------------------------Escritos de Ellen G. White (Compilação) BS 9 1 Beneficência Social CE III 1 Conselhos sobre Educação CES 3 1 Conselhos sobre a Escola Sabatina CES38 2 1 Conselhos sobre a Escola Sabatina (1938) CEv v 1 O Colportor Evangelista CI 7 1 Conselhos para a Igreja CId 7 1 Conselhos aos Idosos CJN 7 1 Cartas a Jovens Namorados CM 7 1 Conselhos sobre Mordomia CP 11 1 Conselhos Aos Pais, Professores E Estudantes CRA 5 1 Conselhos sobre o Regime Alimentar CS 7 1 Cristo em Seu Santuário CSa 1 1 Conselhos sobre Saúde DT 5 1 No Deserto da Tentação EF 11 1 Eventos Finais Ev 5 1 Evangelismo FC 3 1 Fundamentos do Lar Cristão FD 4 1 Filhas de Deus FEC 5 1 Fundamentos da Educação Cristã FO 9 1 Fé e Obras FPV 5 1 Foi Por Você IR 5 1 A Igreja Remanescente IR52 2 0 IR52 - A Igreja Remanescente LA 5 1 O Lar Adventista LC 5 1 Liderança Cristã LVN 6 1 Lições da Vida de Neemias MCP1 III 1 Mente, Caráter e Personalidade 1 MCP2 III 1 Mente, Caráter e Personalidade 2 ME 5 1 Mensageiros da Esperança ME1 9 1 Mensagens Escolhidas 1 ME2 9 1 Mensagens Escolhidas 2 ME3 9 1 Mensagens Escolhidas 3 MI 9 1 Música -- Sua Influência na Vida do Cristão MJ 5 1 Mensagens aos Jovens MPC 4 1 Ministério Para As Cidades MS III 1 Medicina e Salvação OC 4 1 Orientação da Criança OE 7 1 Obreiros Evangélicos OP 5 1 O Outro Poder PH 3 1 Só para Jovens RR 2 1 Reavivamento e seus Resultados RV 7 1 Reavivamento Verdadeiro Sa 7 1 Santificação SC 6 1 Serviço Cristão SMO 5 1 Ser Mãe -- O que é? TCS 7 1 Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio Te 5 1 Temperança TM ix 1 Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos TS1 5 1 Testemunhos Seletos 1 TS2 5 1 Testemunhos Seletos 2 TS3 3 1 Testemunhos Seletos 3 UCD iii 1 Um Convite à Diferença VA 7 1 A Verdade sobre os Anjos VC 5 1 Vida no Campo VE 7 1 Vida e Ensinos ViC 5 1 Visões do Céu ------------------------CId - Conselhos aos Idosos ------------------------CJN - Cartas a Jovens Namorados ------------------------CM - Conselhos sobre Mordomia ------------------------CP - Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes ------------------------CS - Cristo em Seu Santuário ------------------------Ev - Evangelismo ------------------------FPV - Foi Por Você ------------------------FEC - Fundamentos da Educação Cristã ------------------------FC - Fundamentos do Lar Cristão ------------------------GCC - O Grande Conflito (condensado) ------------------------IR - A Igreja Remanescente ------------------------IR52 - A Igreja Remanescente ------------------------LC - Liderança Cristã ------------------------MCP2 - Mente, Caráter e Personalidade 2 ------------------------ME - Mensageiros da Esperança ------------------------ME1 - Mensagens Escolhidas 1 ------------------------ME2 - Mensagens Escolhidas 2 ------------------------ME3 - Mensagens Escolhidas 3 ------------------------MPC - Ministério Para As Cidades ------------------------MS - Medicina e Salvação ------------------------OP - O Outro Poder ------------------------PH - Só para Jovens ------------------------RR - Reavivamento e seus Resultados ------------------------RV - Reavivamento Verdadeiro ------------------------SMO - Ser Mãe — O que é? ------------------------TCS - Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio ------------------------Te - Temperança ------------------------TM - Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos ------------------------TS1 - Testemunhos Seletos 1 ------------------------TS2 - Testemunhos Seletos 2 ------------------------TS3 - Testemunhos Seletos 3 ------------------------UCD - Um Convite à Diferença ------------------------VA - A Verdade sobre os Anjos ------------------------VE - Vida e Ensinos ------------------------ViC - Visões do Céu ------------------------VJ - Vida de Jesus ------------------------Beneficência Social BS 9 1 Prefácio BS 15 0 Capítulo 1 -- Por que a pobreza e o sofrimento? BS 23 1 Capítulo 2 -- A simpatia de Cristo pela humanidade sofredora BS 29 0 Capítulo 3 -- A prescrição divina -- Isaías 58 BS 35 1 Capítulo 4 -- Eis a religião pura BS 42 1 Capítulo 5 -- A parábola do bom samaritano BS 53 0 Capítulo 6 -- Nosso exemplo em beneficência cristã BS 59 1 Capítulo 7 -- Visitação -- o plano do novo testamento BS 66 1 Capítulo 8 -- Dorcas -- seu ministério e influência BS 71 0 Capítulo 9 -- Tipos de trabalho evangelístico entre os vizinhos BS 81 1 Capítulo 10 -- Bondade -- a chave para os corações BS 87 1 Capítulo 11 -- Como visitar e o que fazer BS 97 1 Capítulo 12 -- A eficácia da visitação evangelística BS 105 1 Capítulo 13 -- Organizando a igreja para a beneficência cristã BS 117 1 Capítulo 14 -- Nos passos do mestre BS 125 1 Capítulo 15 -- Ministério médico nos lares BS 134 1 Capítulo 16 -- Preparando-se para as crises e calamidades dos últimos dias BS 143 0 Capítulo 17 -- Mulheres chamadas para o trabalho BS 149 1 Capítulo 18 -- Mulheres qualificadas para o serviço BS 157 1 Capítulo 19 -- A influência da mulher cristã BS 169 0 Capítulo 20 -- Ministério em favor dos pobres BS 178 1 Capítulo 21 -- Os pobres na igreja BS 188 1 Capítulo 22 -- Os pobres de fora da igreja BS 194 1 Capítulo 23 -- Ajudando os pobres a se ajudarem BS 203 1 Capítulo 24 -- Devem os pobres exercer a benevolência BS 209 0 Capítulo 25 -- Nosso dever para com os desafortunados BS 214 1 Capítulo 26 -- Ajudar e animar as viúvas BS 220 1 Capítulo 27 -- O cuidado pelos órfãos BS 232 1 Capítulo 28 -- A adoção de crianças BS 237 1 Capítulo 29 -- O cuidado pelos idosos BS 239 1 Capítulo 30 -- Nossa responsabilidade pelos cegos BS 245 0 Capítulo 31 -- Trabalhando pelos de baixa classe BS 253 1 Capítulo 32 -- Precauções necessárias BS 256 1 Capítulo 33 -- O chamado para uma obra equilibrada BS 263 0 Capítulo 34 -- Nossa responsabilidade individual BS 268 1 Capítulo 35 -- Pondo em liberdade fluxos de benevolência BS 272 1 Capítulo 36 -- Fundos específicos para a obra de beneficência BS 277 1 Capítulo 37 -- As riquezas das nações BS 284 1 Capítulo 38 -- Vendagem de alimentos BS 289 1 Capítulo 39 -- Métodos proibidos de levantamento de fundo BS 295 0 Capítulo 40 -- A influência da ministração aos vizinhos BS 301 1 Capítulo 41 -- Bênçãos reflexas BS 311 1 Capítulo 42 -- A recompensa presente e eterna BS 321 1 Apêndice -- Experiências pessoais de Ellen G. White sobre obra de beneficência ------------------------Prefácio BS 9 1 Beneficência Social apresenta instruções do Espírito de Profecia na delicada tarefa de alcançar corações e salvar almas mediante bondosa associação com os vizinhos. Este é um tipo de ministério de salvação de almas com o qual muitos adventistas do sétimo dia estão apenas ocasionalmente familiarizados, embora seja esta uma obra ordenada por Deus como o meio mais apropriado de chamar a atenção das pessoas do mundo para Cristo e o cristianismo. É uma obra que promete ricos resultados. BS 9 2 A autora tem posto diante de nós este tipo de ministério não apenas por preceitos concisos e bem expressos, mas através dos anos, muito embora suas ocupações com as obrigações do lar e suas responsabilidades como mensageira do Senhor, deu-nos incansável exemplo de como foi o seu coração atraído para os necessitados ao seu redor. O registro autobiográfico do abnegado ministério de Ellen G. White como beneficente obreira, tirado de seu diário e cartas, conforme se encontra no Apêndice deste volume, será perlustrado com ávido interesse e pode bem ser lido antes que sejam estudados os conselhos encontrados no corpo do texto. Seja como for, o leitor observará logo que o ministério da bondade a que a igreja é convocada, não é meramente um trabalho de comunidade, mas uma espécie de ministério de amor e esforço para a salvação de almas -- a mais elevada qualidade de evangelismo do bem-estar. BS 9 3 Na coleta de conselhos do Espírito de Profecia sobre este importante campo de atividade, foram tomados excertos da vasta reserva de preciosa instrução escrita num espaço de sete décadas. Foram coletados não somente de livros publicados e correntemente disponíveis, mas também de milhares de artigos de Ellen G. White, preparados para as revistas da denominação, de testemunhos especiais editados na forma de panfletos, e dos arquivos de manuscritos de Ellen G. White. Selecionados como foram dessas variadas fontes escritas em diferentes tempos, eles inevitavelmente conduzirão o leitor pelo mesmo caminho que percorreram antes, a fim de dar ênfase a algum ponto de importância vital para o pleno desenvolvimento do assunto. Tal repetição, embora reduzida ao mínimo, não se pode evitar inteiramente numa compilação como esta, pois os compiladores são limitados em seu trabalho à seleção da matéria pertinente ao assunto e ao arranjo da mesma em sua seqüência lógica, suplementando apenas os títulos. BS 10 1 Provou-se difícil, quase impossível, incluir entre as capas de um livro o vasto acervo de instruções que Ellen G. White nos deu sobre esta espécie de trabalho, e que pudesse com justiça receber o título de Beneficência Social. Não é coisa fácil selecionar o material e traçar a linha entre uma visita de simples cortesia aos vizinhos e a visita missionária, nem separar o trabalho de generosas mulheres adventistas em seus aspectos mais amplos daquela mais bem definida tarefa empreendida com o só propósito missionário. Para os filhos de Deus essas tarefas se misturam nas variadas atividades da vida diária. BS 10 2 Chama-se a atenção aqui para certos termos que ocorrem com freqüência neste volume, tais como "obra médico-missionária" e "obra de auxílio cristão". Deve notar-se que um cuidadoso estudo dos escritos de Ellen G. White revela que a frase "obra médico-missionária" é empregada pela autora para incluir serviços profissionais de médicos e enfermeiras consagrados, e que seu significado alcança muito mais que isso, incluindo todos os atos de misericórdia e desinteressada bondade. "Obra de auxílio cristão" é também um termo mais comumente empregado pelos adventistas do sétimo dia nos seus primeiros anos do que agora, e refere-se à espécie de obra descrita neste volume. Escrevendo como o fez em diferentes continentes, a autora ao referir-se a dinheiro emprega às vezes a palavra dólar e outras fala de libra e shillings. BS 11 1 Solicita-se que o leitor estude as instruções em seu próprio ambiente, a fim de descobrir o princípio básico envolvido em cada caso. Por exemplo, um estudo dos conselhos referentes a "comes e bebes" na igreja, deixará claro que embora sejamos advertidos contra utilizar-se ocasiões de apelos de molde a animar o apetite e o amor de prazeres como meio de levantar fundos na igreja, é contudo privilégio de grupos na igreja empenhar-se na preparação e venda de alimentos saudáveis, desde que isto seja feito na maneira devida e em lugar apropriado. BS 11 2 A não ser em alguns casos em que uma ou duas sentenças possam enunciar claramente um princípio, os compiladores procuraram incluir porção suficiente do contexto de cada excerto, a fim de assegurar ao leitor o uso apropriado da afirmação selecionada. Em cada caso a data do escrito ou da primeira publicação é indicada em conexão com a anotação da fonte de onde é a declaração tirada. BS 11 3 Este documentário foi preparado no escritório das publicações de Ellen G. White pelos que têm a responsabilidade do cuidado e publicação do seus escritos. A obra foi feita em harmonia com as instruções da Sra. White a esses responsáveis em prover "quanto às publicações de compilações de meus manuscritos", pois eles contêm, como ela diz, "instruções que o Senhor me deu para o Seu povo". BS 11 4 Que este volume de instruções endereçado aos adventistas do sétimo dia -- leigos e pastores -- possa encorajar a igreja a tirar vantagem das oportunidades em ministrar entre vizinhos; que suas instruções logrem guiar em serviço inteligente, consciencioso e amorável; e que por intermédio de sua orientação haja abundante colheita de almas no reino de Deus, é o sincero desejo dos publicadores e dos. Encarregados das Publicações de Ellen G. White, Washington, Setembro de 1951. ------------------------Capítulo 1 -- Por que a pobreza e o sofrimento? BS 15 0 Pois nunca cessará o pobre do meio da Terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra. Deuteronômio 15:11. BS 15 1 Bem-aventurados os misericordiosos -- O Senhor Jesus disse: "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia." Nunca houve tempo em que fosse maior a necessidade do exercício da misericórdia do que hoje. Ao redor de todos nós estão os pobres, os sofredores, os aflitos, os tristes, os que estão prestes a perecer. BS 15 2 Os que têm adquirido riquezas, adquiriram-nas pela aplicação dos talentos que lhes foram dados por Deus; mas esses talentos para a conquista de bens foram-lhes dados a fim de que pudessem aliviar os que estão na pobreza. Esses dons foram concedidos aos homens por Aquele que faz o Seu Sol brilhe e a Sua chuva caia sobre todos, justos e injustos, para que pela produtividade da terra tenham abundante provisão para todas as suas necessidades. Os campos têm sido abençoados por Deus, e em Sua bondade fez "provisão para os necessitados". -- The Signs of the Times, 13 de Junho de 1892. BS 15 3 Deus não deseja o sofrimento e a miséria -- Muitos há que se queixam de Deus por estar o mundo tão cheio de necessitados e sofredores, mas Deus jamais desejou que existissem o sofrimento e a miséria. Nunca foi de Sua vontade que uma pessoa tivesse abundância de luxos na vida enquanto os filhos de outros clamassem por pão. O Senhor é um Deus de benevolência. -- Testimonies for the Church 6:273. BS 16 1 Deus fez dos homens Seus mordomos, e não deve ser feito responsável pelos sofrimentos, miséria, desamparo e necessidades da humanidade. O Senhor fez ampla provisão para todos. Deu a milhares de homens grandes suprimentos com que aliviar as necessidades de seus semelhantes; mas aqueles a quem Deus fez mordomos não têm resistido ao teste, pois têm falhado em socorrer os sofredores e necessitados. BS 16 2 Quando homens que têm sido grandemente abençoados pelo Céu com grande riqueza deixam de executar o desígnio de Deus, e não socorrem os pobres e oprimidos, o Senhor é ofendido, e certamente os visitará. Eles não têm escusas por reter do próximo o auxílio que Deus pôs em seu poder prodigalizar; e Deus é desonrado, Seu caráter mistificado por Satanás, e Ele é representado como um duro juiz que faz com que venha o sofrimento sobre os seres que criou. Esta falsa representação do caráter de Deus é feita aparecer como verdade, e assim, pela tentação do inimigo o coração dos homens é endurecido contra Deus. Satanás lança sobre Deus todo o mal que ele próprio induziu os homens a praticarem por não dar de seus meios aos sofredores. Ele atribui a Deus seus próprios característicos. -- The Review and Herald, 26 de Junho de 1894. BS 16 3 Nenhum sofrimento ou miséria precisaria existir -- Se os homens cumprissem o seu dever como fiéis mordomos dos bens de Deus, nenhum clamor haveria por pão, nenhum sofredor em penúria, nenhum desagasalhado em necessidade. É a infidelidade de homens que gera o estado de sofrimento em que está mergulhada a humanidade. Se aqueles a quem Deus fez mordomos tão-somente utilizassem os bens do seu Senhor no propósito para que lhes foram entregues, este estado de sofrimento não existiria. O Senhor prova os homens dando-lhes abundância de bens, tal como provou o rico da parábola. Se nos mostrarmos infiéis na justiça de Mamom, quem nos confiará as verdadeiras riquezas? Somente os que resistiram à prova na Terra, os que foram encontrados fiéis, os que obedeceram as palavras do Senhor na prática da misericórdia, na utilização dos seus recursos para o avançamento do reino de Deus -- somente esses ouvirão dos lábios do Mestre: "Bem está, servo bom e fiel." -- Ibidem. BS 17 1 Alguns ricos -- alguns pobres -- A razão por que Deus tem permitido que alguns membros da família humana sejam tão ricos e outros tão pobres será sempre um mistério para os homens até a eternidade, a menos que entrem em correta relação com Deus e ponham em prática o Seu plano em vez de agirem com base em suas próprias idéias egoístas. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 280. BS 17 2 Para encorajar na prática do amor e da misericórdia -- Na providência de Deus os acontecimentos têm sido ordenados de maneira que sempre tenhamos os pobres conosco, a fim de que sejam no coração humano um constante exercício dos atributos do amor e da misericórdia. O homem deve cultivar a bondade e compaixão de Cristo; não deve distanciar-se dos tristes, dos aflitos, dos necessitados e angustiados. -- The Signs of the Times, 13 de Junho de 1892. BS 17 3 Para desenvolver no homem caráter semelhante ao de Deus -- Ao passo que o mundo necessita simpatia, orações e assistência do povo de Deus, ao passo que precisa de ver a Cristo na vida de Seus seguidores, o povo de Deus se acha em igual necessidade de ocasiões de exercer simpatia, de dar eficácia a suas orações e desenvolver neles um caráter segundo o modelo divino. BS 17 4 É para proporcionar essas oportunidades que Deus colocou entre nós os pobres, os desafortunados, os doentes e sofredores. São o legado de Cristo a Sua igreja, e devem ser cuidados como Ele o faria. Assim tira Deus a escória e purificaria o ouro, dando-nos aquela cultura de coração e de caráter que nos é necessária. BS 18 1 O Senhor poderia levar avante Sua obra sem nossa cooperação. Não depende de nós quanto a dinheiro, tempo ou trabalho. Mas a igreja é muito preciosa a Seus olhos. É o escrínio que encerra Suas jóias, o redil que Lhe abriga as ovelhas, e anela vê-la sem mácula nem ruga ou coisa semelhante. Anseia por ela com inexprimível amor. Eis porque nos tem dado oportunidades de trabalhar para Ele, e aceita-nos os serviços como testemunhos de amor e lealdade. -- Testemunhos Selectos 2:499. BS 18 2 Para que possamos compreender a misericórdia de Deus -- Tanto o homem pobre como o rico é objeto do especial cuidado e atenção de Deus. Afastai a pobreza e não teremos meios de compreender a misericórdia e amor de Deus, nem de conhecer o compassível e amorável Pai celestial. -- Carta 83, 1902. BS 18 3 Deus nos dá para que possamos dar aos outros -- Deus nos comunica Suas bênçãos, a fim de que as possamos transmitir a outros. Quando Lhe pedimos o pão de cada dia, Ele olha ao nosso coração a ver se o repartiremos com os mais necessitados que nós. Quando oramos: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", observa a ver se manifestaremos compaixão àqueles com quem nos associamos. Isto é a prova de nossa ligação com Deus, que sejamos misericordiosos assim como nosso Pai no Céu o é. -- Idem, 521. BS 18 4 O reter diminui o crescimento espiritual -- Nada subtrai a espiritualidade da alma com mais presteza que envolvê-la em cuidado personalista e egoístico. Os que são indulgentes consigo mesmos e negligenciam cuidar da alma e do corpo daqueles por quem Cristo deu a vida, não estão comendo o pão da vida ou bebendo a água da fonte da salvação. Estão ressequidos e desvitalizados como a árvore que não produz fruto. São anões espirituais, que consomem seus meios consigo próprios; mas "aquilo que o homem semear, isso também ceifará". -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. BS 19 1 É porque os ricos negligenciam fazer pelos pobres a obra que Deus lhes indicou, que eles se tornam orgulhosos, mais auto-suficientes, mais indulgentes consigo mesmos e de coração endurecido. Afastam de si os pobres simplesmente porque são pobres, e isto dá a estes ocasião de se tornarem invejosos e ciumentos. Muitos se tornam amargos, impregnados de ódio para com os que têm tudo enquanto eles nada têm. BS 19 2 Deus pesa as ações, e todos os que têm sido infiéis em sua mordomia, que têm deixado de remediar os males que estava em seu poder remediar, serão de nenhuma estima nas cortes do Céu. Os que são indiferentes às necessidades dos desvalidos serão considerados mordomos infiéis, sendo registrados como inimigos de Deus e do homem. Os que se servem mal dos meios que Deus lhes confiou para que ajudassem aqueles mesmos que necessitam de ajuda, mostram com isto não ter nenhuma relação com Cristo, pois deixam de manifestar a simpatia de Cristo por aqueles que são menos afortunados que eles. -- Idem, 10 de Dezembro de 1895. BS 19 3 Se os ricos andarem nos passos de Cristo -- Os ricos são mordomos de Deus, e se andarem nos passos de Cristo, mantendo vida piedosa e humilde, tornar-se-ão mediante a transformação do caráter, mansos e humildes de coração. Compreenderão que suas posses são apenas tesouros emprestados, e sentirão que lhes foi cometido um sagrado depósito para ajudarem ao necessitado e sofredor em lugar de Cristo. Esta tarefa dar-lhes-á recompensa em talentos e tesouros acumulados junto ao trono de Deus. Assim podem os ricos alcançar um sucesso espiritual na vida, como fiéis mordomos dos bens de Deus. -- Manuscrito 22, 1898. BS 20 1 Sofrimento -- um meio de aperfeiçoar o caráter -- As palavras do Salvador contêm também uma mensagem de conforto para os que sofrem aflição ou privação. Nossas tristezas não brotam da terra. Deus "não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens". Quando permite que nos sobrevenham provações e aflições é "para nosso proveito, para sermos participantes da Sua santidade". Se recebida, com fé, a provação que parece tão amarga e difícil de suportar provar-se-á uma bênção. O golpe cruel que desfaz as alegrias tornar-se-á o meio de fazer-nos volver os olhos para o Céu. Quantos há que nunca teriam conhecido Jesus se a tristeza os não houvesse levado a buscar dEle conforto! BS 20 2 As provações da vida são obreiras de Deus, para remover de nosso caráter impurezas e arestas. Penoso é o processo de cortar, de desbastar, aparelhar, lustrar, polir; é molesto estar, por força, sob a ação do polimento. Mas a pedra é depois apresentada pronta para ocupar seu lugar no templo celestial. O Mestre não efetua trabalho assim cuidadoso e completo com material imprestável. Só as Suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio. BS 20 3 O Senhor trabalhará por todos os que nEle puseram sua confiança. Preciosas vitórias serão alcançadas pelos fiéis, inestimáveis lições aprendidas e realizadas valiosas experiências. -- O Maior Discurso de Cristo, 10, 11. BS 21 1 Aflições e calamidades não indicam desfavor de Deus -- "E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os Seus discípulos Lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus." ... BS 21 2 Geralmente, acreditavam os judeus que o pecado é punido nesta vida. Toda enfermidade era considerada como o castigo de qualquer mau procedimento, fosse da própria pessoa, fosse de seus pais. É verdade que todo sofrimento é resultado da transgressão da lei divina, mas esta verdade fora pervertida. Satanás, o autor do pecado e de todas as suas conseqüências, levara os homens a considerarem a doença e a morte como procedentes de Deus -- como castigos arbitrariamente infligidos por causa do pecado. Daí, aquele sobre quem caíra grande aflição ou calamidade, sofria além disso o ser olhado como grande pecador. ... BS 21 3 Deus dera uma lição destinada a evitar isso. A história de Jó mostrara que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos. Mas Israel não entendera a lição. O mesmo erro pelo qual Deus reprovara os amigos de Jó, repetiu-se nos judeus em sua rejeição de Cristo. BS 21 4 A crença dos judeus a respeito da relação existente entre o pecado e o sofrimento, partilhavam-na os discípulos de Cristo. Procurando corrigir-lhes o erro, não explicou a causa da aflição do homem, mas disse-lhes qual seria o resultado. Em virtude da mesma, manifestar-se-iam as obras de Deus. "Enquanto estou no mundo", disse Ele, "sou a luz do mundo." Havendo então untado os olhos do cego, mandou-o lavar-se no tanque de Siloé e foi restaurada a vista do homem. Assim respondeu Jesus, de maneira prática, à pergunta dos discípulos, como costumava fazer com as que Lhe eram dirigidas por curiosidade. Os discípulos não eram chamados a discutir o fato de quem tinha ou não tinha pecado, mas a entender o poder e a misericórdia de Deus em dar vista ao cego. -- O Desejado de Todas as Nações, 470, 471. BS 22 1 Cristo deve ser visto e ouvido por nosso intermédio -- É desígnio de Deus que os enfermos, os desafortunados, os possessos de espíritos de demônios, ouçam Sua voz por nosso intermédio. Mediante Seus instrumentos humanos Ele deseja ser um confortador, como o mundo jamais haja visto. Através de Seus seguidores devem ser transmitidas Suas palavras: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim." BS 22 2 O Senhor operará por meio de cada alma que se entregue para ser trabalhada, não somente para pregar, mas para ministrar aos desesperados e inspirar a esperança nos corações que não a possuem. Devemos fazer nossa parte em aliviar e abrandar as penúrias da vida. As misérias e mistérios desta vida são tão obscuros e incompreensíveis como o eram há milhares de anos. Há para nós algumas coisas a fazer: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Há necessitados bem perto de nós; os sofredores estão mesmo ao nosso redor. Precisamos procurar ajudá-los. Pela graça de Cristo, as fontes seladas do trabalho fervente semelhante ao de Cristo devem ser liberadas. Na força dAquele que tem toda força devemos trabalhar como nunca trabalhamos antes. -- Manuscrito 65b, 1898. ------------------------Capítulo 2 -- A simpatia de Cristo pela humanidade sofredora BS 23 1 Jesus sofre quando sofre o homem -- Cristo identifica os Seus interesses com os interesses da humanidade sofredora. Ele reprovou Sua própria nação pelo seu errôneo tratamento dispensado ao próximo. A negligência ou abuso ao mais fraco e mais transviado crente, Ele considera como havendo sido dispensados a Si mesmo. Os favores a eles mostrados são creditados como havendo sido feitos a Si. Ele não nos deixa em trevas quanto ao nosso dever, mas ao contrário muitas vezes repete as mesmas lições mediante diferentes figuras e sob diferentes luzes. Conduz os atores rumo ao último grande dia, e declara que o tratamento dispensado ao menor dos Seus irmãos é louvado ou condenado como se feito a Ele próprio. Ele diz: "A Mim o fizestes", ou, "a Mim não o fizestes." BS 23 2 Ele é nosso substituto e penhor; coloca-Se no lugar da humanidade, de maneira que Ele próprio é afligido quando é afligido o mais fraco dos Seus seguidores. É tal a simpatia de Cristo que Lhe não permite ser espectador indiferente a qualquer sofrimento causado a Seus filhos. Nem a mais leve ferida pode ser produzida por palavra, espírito ou ação, que não toque o coração dAquele que deu a Sua vida pela caída humanidade. Tenhamos em mente que Cristo é o grande coração do qual o sangue vital flui para cada órgão do corpo. Ele é a cabeça, da qual se estende cada nervo ao menor e mais remoto membro do corpo. Quando um membro desse corpo com o qual Cristo está tão misteriosamente associado, sofre, o trauma da dor é sentido por nosso Salvador. BS 24 1 Levantar-se-á a igreja? Virão seus membros à simpatia de Cristo, de maneira que Sua bondade pelas ovelhas e cordeiros do Seu aprisco seja por eles mostrada? Por Seu amor a Majestade do Céu Se fez de nenhuma reputação; por eles Ele veio a um mundo todo marcado e arruinado pela maldição. Ele mourejou dia e noite para instruir, elevar e trazer gozo eterno a um povo desobediente e ingrato. Por amor deles tornou-Se pobre, para que por Ele enriquecessem. Por eles negou-Se a Si mesmo, enfrentando privações, escárnio, desprezo, sofrimento e morte. Por eles tomou a forma de servo. Este é nosso modelo; copiá-lo-emos? Mostraremos cuidado pela herança de Deus? Mostraremos terna compaixão pelo transviado, tentado e provado? -- Carta 45, 1894. BS 24 2 Tocado com os sentimentos de nossos males -- Cristo, nosso substituto e penhor, foi um homem de dor e experimentado nos trabalhos. Sua vida humana foi um longo esforço em favor da herança que devia comprar a preço infinito. Ele Se deixou tocar com os sentimentos de nossos males. Em consideração ao valor que atribui à aquisição de Seu sangue, adota-os como filhos, tornando-os objeto de Seu terno cuidado, e a fim de que tenham suas necessidades temporais e espirituais supridas, entrega-os a Sua igreja, dizendo: "Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." -- Manuscrito 40, 1899. BS 24 3 Cristo veio para aliviar o sofrimento -- Este mundo é um vasto hospital, mas Cristo veio curar os enfermos, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Era em Si mesmo saúde e vigor. Comunicava Sua vida aos doentes, aos aflitos, aos possessos de demônios. Não repelia ninguém que viesse receber Seu poder vivificador. Sabia que os que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a doença; todavia, não Se recusava a curá-los. E quando a virtude provinda de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados de suas enfermidades espirituais, bem como das do corpo. O evangelho possui ainda o mesmo poder, e por que não deveríamos testemunhar hoje idênticos resultados? BS 25 1 Cristo sente as misérias de todo sofredor. Quando os espíritos maus arruínam o organismo humano, Cristo sente essa ruína. Quando a febre consome a corrente vital, Ele sente a agonia. E está tão disposto a curar o enfermo hoje, como quando Se achava em pessoa na Terra. Os ser-vos de Cristo são Seus representantes, instrumentos pelos quais opera. Ele deseja, por intermédio dos mesmos, exercer Seu poder de curar. -- O Desejado de Todas as Nações, 823, 824. BS 25 2 Cristo somente teve experiência de todas as tristezas e tentações que recaem sobre os seres humanos. Jamais algum outro nascido de mulher foi tão terrivelmente assediado pela tentação; jamais algum outro arrostou com o fardo tão pesado dos pecados e das dores do mundo. Nunca houve algum outro cujas simpatias fossem tão amplas e ternas. Como participante em todas as experiências da humanidade, Ele poderia não somente condoer-Se dos que se acham sobrecarregados, tentados e em lutas, mas partilhar-lhes os sofrimentos. -- Educação, 78. BS 25 3 Cristo alcançou tanto o rico como o pobre -- Cristo tomou uma posição que estava ao nível do pobre, a fim de que por Sua pobreza pudéssemos tornar-nos ricos em beleza de caráter, e ser, como Ele foi, um cheiro de vida para vida. Tornando-Se pobre pôde simpatizar com o pobre. Sua humanidade pôde tocar a humanidade deles e ajudá-los a alcançar a perfeição de hábitos retos e um nobre caráter. Foi-Lhe possível ensinar-lhes como acumular para si no Céu tesouros imperecíveis. Comandante nas cortes celestiais, Ele Se tornou um com a humanidade, participante de seus sofrimentos e aflições, para que pela representação do Seu caráter em sua imaculada pureza pudessem tornar-se participantes da natureza divina, escapando da corrupção que pela concupiscência há no mundo. E Cristo foi um gozo para os ricos, pois pôde ensinar-lhes como sacrificar suas posses terrestres a fim de ajudar a salvar as almas a perecer nas trevas do erro. -- Carta 150, 1899. BS 26 1 Cultivar compaixão e simpatia cristã -- A terna simpatia de nosso Salvador foi despertada em favor da humanidade caída e sofredora. Se quereis ser Seus seguidores, necessitais cultivar compaixão e simpatia. A indiferença pelos ais da humanidade deve ceder lugar ao interesse vivo nos sofrimentos alheios. As viúvas, os órfãos, os enfermos e os que estão a perecer, sempre necessitam ajuda. Aqui está uma oportunidade de proclamar o evangelho -- exaltar Jesus, a esperança e consolação de todos os homens. Quando o sofrimento do corpo foi aliviado, e mostrastes ardente interesse pelos afligidos, o coração é aberto, e podeis derramar aí o bálsamo celestial. Se estais olhando para Jesus, e dEle tirando conhecimento e força e graça, podeis repartir Sua consolação com outros, porque convosco está o Confortador. -- The Medical Missionary, Janeiro de 1891. ------------------------Capítulo 3 -- A prescrição divina -- Isaías 58 BS 29 0 A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo. Tiago 1:27. BS 29 1 O capítulo que define nossa obra -- O conteúdo do capítulo cinqüenta e oito de Isaías deve ser considerado como uma mensagem para este tempo, mensagem a ser dada sempre e sempre. -- Special Testimonies, Série B, 2:5. BS 29 2 Que diz o Senhor no capítulo cinqüenta e oito de Isaías? O capítulo todo é da mais alta importância. -- Testimonies for the Church 8:159. BS 29 3 Tenho sido instruída a chamar a atenção de nosso povo para o capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Lede cuidadosamente este capítulo e compreendei a espécie de ministério que levará vida às igrejas. A obra do evangelho deve ser promovida por meio de nossa liberalidade bem assim de nossos labores. Quando encontrardes almas sofredoras necessitando auxílio, dai-lho. Quando achardes os que estão famintos, alimentai-os. Assim fazendo estareis trabalhando nas linhas do ministério de Cristo. O santo trabalho do Mestre era um trabalho de benevolência. Que nosso povo em todos os lugares seja encorajado a tomar parte nele. -- Manuscrito 7, 1908. BS 29 4 A obra esboçada -- Lede, por favor Isaías 58: "Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao Senhor? Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? Então romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda; então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por socorro, e Ele dirá: Eis-Me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita, então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas jamais faltam." BS 30 1 Esta é a obra especial que está agora diante de nós. Toda nossa oração e abstinência de alimentos de nada valerá a menos que resolutamente lancemos mão nesta obra. Sobre nós repousam sagradas obrigações. Nosso dever é claramente exposto. O Senhor nos falou por meio do Seu profeta. Os pensamentos do Senhor e os Seus caminhos não são o que mortais cegos e egoístas crêem que são ou desejam que sejam. O Senhor olha para o coração. Se aí habita o egoísmo, Ele o sabe. Podemos procurar esconder de nossos irmãos e irmãs nosso verdadeiro caráter, mas Deus o conhece. DEle nada se pode esconder. BS 30 2 O jejum que Deus aceita é descrito. É repartir o vosso pão com o faminto e recolher em vossa casa o pobre que fora lançado fora. Não espereis que eles venham a vós. Não repousa sobre eles o trabalho de procurar-vos e induzir-vos a conceder-lhes um lar. Deveis buscá-los e levá-los a vossa casa. Deveis abrir-lhes vossa alma. Com uma das mãos deveis pela fé alcançar o braço poderoso que traz salvação, enquanto com a outra, a mão do amor, deveis alcançar o oprimido e aliviá-lo. É-vos impossível estar seguros ao braço de Deus com uma das mãos, enquanto com a outra servis vossos próprios prazeres. BS 31 1 Se vos empenhardes nesta obra de misericórdia e amor, parecer-vos-á ela demasiado difícil? Falhareis e sereis esmagados sob o fardo e vossa família ficará privada de vossa assistência e influência? Oh, não! Deus cuidadosamente removeu todas as dúvidas a este respeito, comprometendo-Se convosco mediante a condição de vossa obediência. Esta promessa cobre tudo que o mais exigente, o mais hesitante, poderia reclamar: "Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura brotará sem detença." Tão-somente crede que é fiel Aquele que prometeu. Deus pode renovar a força física. E mais, aquilo que Ele diz, Ele o fará. E a promessa não termina aqui. "A tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda." Deus construirá uma fortaleza em torno de vós. Mas nem ainda aqui termina a promessa. "Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por socorro, e Ele dirá: Eis-Me aqui." Se tirardes do meio de vós o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso, se abrirdes vossa alma ao faminto, "então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas jamais falham". -- Testimonies for the Church 2:33-35. BS 32 1 A dupla reforma de Isaías 58 -- A obra especificada nestas palavras (Isaías 58) é a obra que Deus pede que Seu povo faça. É uma obra indicada pelo próprio Deus. À tarefa de reivindicar os mandamentos de Deus e reparar a brecha que foi feita na lei de Deus, devemos acrescentar compaixão à humanidade sofredora. Devemos mostrar supremo amor a Deus, exaltar o Seu memorial, que foi calcado por pés ímpios; e com isto devemos manifestar misericórdia, benevolência e a mais terna piedade pela humanidade caída. "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Como um povo precisamos pôr mãos nesta obra. O amor revelado pela humanidade sofredora dá sentido e poder à verdade. -- Special Testimonies, Série A, 10:3, 4. BS 32 2 A verdadeira interpretação do evangelho -- Somente pela manifestação de interesse altruísta pelos que estão em necessidade é que podemos dar uma demonstração prática das verdades do evangelho. "Se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor." BS 32 3 Na pregação do evangelho está incluído muito mais que meramente fazer sermões. Deve esclarecer-se o ignorante, erguer-se o desanimado, os enfermos devem ser curados. A voz humana deve desempenhar sua parte na obra de Deus. Palavras de bondade, simpatia e amor devem dar testemunho da verdade. Ferventes e sinceras orações devem trazer para perto os anjos. ... BS 32 4 O Senhor vos dará sucesso nesta obra. ... Ela está entretecida com a vida prática quando é vivida e praticada. A união de obra cristã para o corpo e obra cristã para a alma é a verdadeira interpretação do evangelho. -- The Review and Herald, 4 de Março de 1902. BS 33 1 O conselho é explícito -- Nada tenho a temer de obreiros que se encontrem empenhados na obra representada no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Este capítulo é explícito, e basta para esclarecer qualquer pessoa que deseje fazer a vontade de Deus. Há oportunidades suficientes para que cada um seja uma bênção à humanidade. Não se deve dar à mensagem do terceiro anjo um lugar secundário nesta obra, ambas devem ser unidas. Pode haver, e há, o perigo de sepultar os grandes princípios da verdade quando se faz a obra que é correto fazer. Esta obra deve ser para a mensagem o que é a mão para o corpo. As necessidades espirituais da alma devem ser postas em preeminência. -- Carta 24, 1898. BS 33 2 Nosso trabalho indicado por Deus -- Não posso ser demasiado veemente em insistir com todos os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros missionários, todos quantos crêem na terceira mensagem angélica, todos quantos desviam o pé do sábado, para considerarem a mensagem do capítulo cinqüenta e oito de Isaías. A obra de beneficência recomendada nesse capítulo, é a obra que Deus requer de Seu povo neste tempo. É uma obra indicada por Ele próprio. Não somos deixados em dúvida quanto ao lugar da mensagem, e ao tempo de seu assinalado cumprimento, pois lemos: "E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar." V. 12. O memorial de Deus, o sábado do sétimo dia, o sinal da Sua obra em criar o mundo, foi removido pelo homem do pecado. O povo de Deus tem uma obra especial a fazer em reparar as brechas feitas em Sua lei; e quanto mais nos aproximamos do fim, tanto mais urgente se torna essa obra. Todos quantos amam a Deus mostrarão que Lhe trazem o sinal pela guarda de Seus mandamentos. ... BS 34 1 Quando a igreja aceita a obra que lhe é dada por Deus, tem a promessa: "Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda." -- Testemunhos Selectos 2:503, 505. ------------------------Capítulo 4 -- Eis a religião pura BS 35 1 Definição de religião pura -- Que é religião pura? Cristo nos diz que religião pura é o exercício da piedade, simpatia e amor no lar, na igreja e no mundo. Esta é a espécie de religião a ser ensinada aos filhos, e é artigo genuíno. Ensinai-lhes que não devem centralizar os pensamentos em si mesmos, mas que onde quer que haja necessidade humana e sofrimento, aí há um campo de atividade missionária. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1895. BS 35 2 A religião pura e imaculada perante o Pai é esta: "Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo." Boas obras são os frutos que Cristo requer que produzamos; palavras amáveis, atos de benevolência, de terna consideração para com os pobres, os necessitados, os aflitos. Quando corações simpatizam com corações oprimidos por desânimo e angústia, quando a mão dispensa ao necessitado, é vestido o nu, bem-vindo o estrangeiro a um assento em vossa sala e um lugar em vosso coração, os anjos chegam muito perto, e acordes correspondentes ecoam no Céu. -- Testimonies for the Church 2:25. BS 35 3 Como Deus testa nossa religião -- Foi-me mostrado alguma coisa com respeito ao nosso dever para com os desafortunados, que me senti na obrigação de escrever nesta oportunidade. BS 35 4 Vi que está na providência de Deus que as viúvas e órfãos, os cegos, os surdos, os coxos e as pessoas afligidas de diferentes maneiras foram colocadas em íntima relação cristã com Sua igreja; isto visa provar o Seu povo e desenvolver-lhe o verdadeiro caráter. Anjos de Deus estão observando para ver como tratamos essas pessoas que necessitam nossa simpatia, amor e desinteressada benevolência. Este é o teste de Deus para o nosso caráter. Se temos a verdadeira religião da Bíblia, haveremos de sentir ser um débito de amor, bondade e interesse para com Cristo em favor de Seus irmãos; e não podemos fazer menos que mostrar nossa gratidão por Seu imensurável amor para conosco quando éramos nós ainda pecadores indignos, indignos de Sua graça, manifestando profundo interesse e amor altruístico pelos que são nossos irmãos menos afortunados que nós. -- Idem, 3:511. BS 36 1 Como brilha vossa luz? -- Aqueles que deviam ter sido a luz do mundo têm projetado apenas raios pálidos e fracos. Que é luz? É piedade, bondade, verdade, misericórdia, amor; é a revelação da verdade no caráter e na vida. O evangelho, para o seu agressivo poder, depende da piedade pessoal de seus crentes, e Deus proveu, pela morte de Seu amado Filho, os meios para que cada alma esteja perfeitamente preparada para toda boa obra. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1891. BS 36 2 O sinal que distingue a falsa religião da verdadeira -- A verdadeira simpatia entre o homem e o seu semelhante deve ser o sinal distintivo entre os que amam e temem a Deus e os que são indiferentes a Sua lei. Quão grande a simpatia que Cristo manifestou ao vir a este mundo para dar a Sua vida em sacrifício por um mundo a perecer! Sua religião levou-O à prática de genuíno trabalho médico-missionário.* Ele foi um poder curador. "Misericórdia quero, e não sacrifício," disse Ele. Este foi o teste que o grande autor da verdade usou para distinguir entre a verdadeira religião e a falsa. -- Manuscrito 117, 1903. BS 37 1 Simpatia prática, a prova de pureza -- Satanás está jogando com toda alma a partida da vida. Sabe que a simpatia prática é uma prova de pureza e desprendimento do coração, e fará todo esforço possível para fechar-nos o coração às necessidades dos outros, para que fiquemos afinal impassíveis à vista do sofrimento. Ele introduzirá muitas coisas a fim de impedir a expressão de amor e simpatia. Foi assim que ele arruinou Judas. Este cuidava continuamente de beneficiar-se a si mesmo. Nisto representava vasta classe de professos cristãos de hoje. Precisamos portanto de refletir sobre o seu caso. Achamo-nos tão perto de Cristo como ele estava. Todavia se, como aconteceu com Judas, a associação com Cristo não nos torna um com Ele, se isso não cultiva em nosso coração sincera simpatia por aqueles por quem Cristo deu a vida, encontramo-nos no mesmo perigo em que estava Judas de ficar separados de Cristo, joguetes das tentações de Satanás. BS 37 2 Cumpre-nos guardar-nos do primeiro desvio da justiça; pois uma transgressão, uma negligência em manifestar o espírito de Cristo, abre caminho para outra e outra ainda, até que a mente é dominada pelos princípios do inimigo. Caso seja cultivado, o espírito de egoísmo se torna uma paixão devoradora, que coisa alguma senão o poder de Cristo pode subjugar. -- Testemunhos Selectos 2:502, 503. BS 37 3 Religião pura é praticar obras de misericórdia e amor -- A verdadeira piedade é medida pela obra realizada. A profissão nada é; nada é a posição; um caráter semelhante ao caráter de Cristo é a evidência que precisamos apresentar, de que Deus enviou o Seu Filho ao mundo. Os que professam ser cristãos, mas não fazem como Cristo faria Se estivesse em seu lugar, ofendem grandemente a causa de Deus. Eles representam mal o seu Salvador e se mostram sob falsas cores. ... BS 38 1 A religião pura e imaculada não é um sentimento, mas a prática de obras de misericórdia e amor. Esta religião é necessária à saúde e à felicidade. Ela penetra a alma poluída do templo da alma, e com um aguilhão expulsa as intrujices pecaminosas. Apossando-se do trono, consagra-o por completo por sua presença, iluminando o coração com os brilhantes raios do Sol da Justiça. Ela abre as janelas da alma para o Céu, deixando aí penetrar o brilho do sol do amor de Deus. Com ela vêm a serenidade e o domínio próprio. Aumenta a força física, mental e moral, porque a atmosfera do Céu, como uma instrumentalidade viva e ativa enche a alma. Cristo é formado em vós, a Esperança da glória. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1901. BS 38 2 Tornar-se um batalhador, prosseguir pacientemente na prática do bem que reclama esforço abnegado, é uma tarefa gloriosa, sobre a qual o Céu dispensa o seu sorriso. O trabalho fiel é mais aceitável a Deus do que o mais zeloso culto revestido da mais pretensa santidade. O verdadeiro culto é o trabalho junto com Cristo. Orações, exortação e palestras são frutos baratos, freqüentemente artificiais; mas os frutos que se manifestam em boas obras, no cuidado dos necessitados, dos órfãos e das viúvas, são frutos genuínos, e produzem-se naturalmente na boa árvore. -- Testimonies for the Church 2:24. BS 38 3 Somos nós os filhos de Deus? -- Não é o serviço impulsivo que Deus aceita; não é o emocional espasmo de piedade que nos faz filhos de Deus. Ele nos convida a trabalhar por princípios verdadeiros, firmes, permanentes. Se Cristo é formado em nós, a Esperança da glória, Ele será revelado no caráter e este terá a semelhança de Cristo. Devemos representar Cristo para o mundo, como Cristo representou o Pai. -- The Review and Herald, 11 de Janeiro de 1898. BS 39 1 Precisamos mostrar calor e sinceridade cristãos, não como se estivéssemos fazendo alguma coisa maravilhosa, mas apenas porque poderíamos esperar que qualquer cristão genuíno o faria em nosso próprio caso se estivéssemos colocados em idênticas circunstâncias. -- Carta 68, 1898. BS 39 2 Não nos cansarmos de fazer o bem -- Muitas vezes nossos esforços por outros podem ser desconsiderados e aparentemente perdidos. Mas isto não deve constituir-se motivo para nos mostrarmos cansados de fazer o bem. Quantas vezes não tem vindo Jesus a buscar frutos nas plantas do Seu cuidado, e não tem encontrado senão folhas! Podemos ficar desapontados quanto aos resultados dos nossos melhores esforços, mas isto não nos deve levar ao indiferentismo para com os ais alheios e a nada fazer. "Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Senhor, amaldiçoai duramente os seus moradores, porque não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor e Seus heróis." -- Testimonies for the Church 3:525. BS 39 3 O que fazemos por outros estamos fazendo por Cristo -- Pelo que me tem sido mostrado, os observadores do sábado estão-se tornando mais egoístas, ao aumentarem em riquezas. Seu amor por Cristo e Seu povo está decrescendo. Não vêem as privações dos necessitados, nem lhes sentem as dores e tristezas. Não compreendem que, ao descurar os pobres e sofredores, negligenciam a Cristo e, ao aliviar-lhes tanto quanto possível as necessidades e padecimentos, servem a Jesus. ... BS 39 4 "Então dirá também aos que estiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não Me destes de comer, tive sede, e não Me destes de beber; sendo estrangeiro, não Me recolhestes; estando nu, não Me vestistes; e enfermo, e na prisão, não Me visitastes. Então eles também Lhe responderão, dizendo: Senhor, quanto Te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não Te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna." Mateus 25:41-46. BS 40 1 Jesus aqui Se identifica com Seu povo sofredor. Fui Eu que tive fome e sede. Fui Eu o estrangeiro. Fui Eu que estive nu. Fui Eu que estive doente. Fui Eu que estive na prisão. Ao saboreardes o alimento de vossa tão farta mesa, Eu morria à fome na choça ou na rua não distante de vós. Ao fechardes contra Mim vossa porta, ao passo que vossas bem mobiliadas salas estavam desocupadas, Eu não tinha onde reclinar a cabeça. Vosso guarda-roupa estava cheio de abundante suprimento de peças de vestuário, com as quais desnecessariamente se dissiparam meios, que podíeis ter dado aos necessitados. Eu estava destituído de roupa confortável. Quando gozáveis saúde, Eu estava doente. O infortúnio atirou-Me na prisão e ligou-Me com grilhões, abatendo-Me o espírito, privando-Me de liberdade e esperança, enquanto vagueáveis livres. Que união Jesus aqui expressa como existente entre Ele mesmo e Seus sofredores discípulos! Torna seu caso o dEle próprio. Identifica-Se como sendo em pessoa o próprio sofredor. Notai, cristãos egoístas, toda negligência dos pobres e órfãos necessitados, é a negligência de Jesus na pessoa deles. BS 40 2 Estou familiarizada com pessoas que fazem elevada profissão, cujo coração está tão encerrado no amor-próprio e no egoísmo, que não podem apreciar o que escrevo. Pensam apenas em sua própria vida e vivem só para si mesmas. Sacrificar-se para fazer bem aos outros, prejudicar-se para beneficiar outros, para elas está fora de cogitação. Não têm a mínima idéia de que Deus requer isso delas. O "eu" é seu ídolo. Preciosas semanas, meses e anos passam para a eternidade, mas não têm no Céu nenhum registro de atos bondosos, de sacrificarem-se pelo bem de outros, de alimentarem o faminto, vestirem o nu ou acolherem o estrangeiro. Se soubessem serem dignos todos quantos procuram partilhar Sua liberalidade, então talvez fossem induzidos a fazer alguma coisa nesse sentido. Mas há virtude em aventurar alguma coisa. Talvez hospedemos anjos. -- Testimonies for the Church 2:24. ------------------------Capítulo 5 -- A parábola do bom samaritano BS 42 1 A natureza da verdadeira religião ilustrada -- Na história do bom samaritano, ilustra Cristo a natureza da verdadeira religião. Mostra que consiste, não em sistemas, credos ou ritos, mas no cumprimento de atos de amor, no proporcionar aos outros o maior bem, na genuína bondade. ... Essa lição não é menos necessária hoje no mundo, do que ao ser proferida pelos lábios de Jesus. Egoísmo e fria formalidade têm quase extinguido o fogo do amor, dissipando as graças que seriam por assim dizer a fragrância do caráter. Muitos dos que professam Seu nome, deixaram de considerar o fato de que os cristãos têm de representar a Cristo. A menos que haja sacrifício prático em bem de outros, no círculo da família, na vizinhança, na igreja e onde quer que estejamos, não seremos cristãos, seja qual for a nossa profissão. -- O Desejado de Todas as Nações, 372, 376. BS 42 2 Quem é o meu próximo? -- Entre os judeus a questão: "Quem é o meu próximo?", suscitava disputas intermináveis. Não tinham dúvidas quanto aos gentios e samaritanos. Estes eram estrangeiros e inimigos. Mas onde deveria ser feita a distinção entre seu próprio povo, e entre as diferentes classes da sociedade? A quem deveriam o sacerdote, o rabino, o ancião considerar seu próximo? Consumiam a vida num ciclo de cerimônias para se purificarem. O contato com a multidão ignorante e descuidada ensinavam causar uma mancha que requeria fatigantes esforços para remover. Deveriam eles considerar os "impuros" seu próximo? BS 43 1 A esta pergunta Cristo respondeu na parábola do bom samaritano. Mostrou que nosso próximo não significa unicamente alguém da igreja ou fé a que pertencemos. Não faz referência a raça, cor ou distinção de classe. Nosso próximo é toda pessoa que carece de nosso auxílio. Nosso próximo é toda alma ferida e magoada pelo adversário. Nosso próximo é todo aquele que é propriedade de Deus. -- Parábolas de Jesus, 376. BS 43 2 A parábola ilustrativa -- Cristo estava falando a um grupo numeroso. Os fariseus, que esperavam apanhar alguma coisa de Seus lábios que pudessem usar para condená-Lo, enviaram-Lhe um doutor da lei com a pergunta: "Que farei para herdar a vida eterna?" Cristo lia o coração dos fariseus como num livro aberto, e Sua resposta à pergunta, foi: "Que está escrito na lei? Como lês tu?" "E ele respondendo disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." "Respondeste bem", disse Cristo; "faze isso, e viverás." O doutor sabia que por sua própria resposta se havia condenado a si mesmo. Sabia que não amava ao seu próximo como a si mesmo. Mas desejando justificar-se, perguntou: "E quem é o meu próximo?" BS 43 3 "Descia um homem", disse, "de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto." BS 44 1 Na jornada de Jerusalém a Jericó, o viajante precisava atravessar parte do deserto da Judéia. O caminho passava numa garganta rochosa e deserta, infestada de salteadores, e era muitas vezes teatro de violências. Fora aqui que o vianjante tinha sido atacado, espoliado de tudo quanto possuía de valor, e abandonado meio morto no caminho. Estando nestas condições, um sacerdote por lá passou, viu o homem ferido e maltratado, engolfado em seu próprio sangue, porém deixou-o sem prestar-lhe auxílio. "Passou de largo." Apareceu então um levita. Curioso de saber o que acontecera, deteve-se e contemplou o sofredor. Estava convicto de seu dever mas não era um serviço agradável. Desejou não ter vindo por aquele caminho, de modo que não visse o ferido. Persuadiu-se de que não tinha nada com o caso, e também "passou de largo". BS 44 2 Mas um samaritano que viajava pela mesma estrada, viu a vítima e fez o que os outros recusaram fazer. Com carinho e amabilidade tratou do ferido. "Vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; e, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo que de mais gastares, eu to pagarei quando voltar." Tanto o sacerdote como o levita professavam piedade, mas o samaritano mostrou que era verdadeiramente convertido. Não lhe era mais agradável fazer o trabalho do que o era para o levita e o sacerdote, porém, no espírito e nos atos provou estar em harmonia com Deus. BS 44 3 Dando esta lição, Jesus apresentou os princípios da lei de maneira direta e incisiva, mostrando aos ouvintes que eles tinham negligenciado a prática destes princípios. Suas palavras eram tão definidas e acertadas que os ouvintes não podiam achar oportunidade de contestá-las. O doutor da lei não encontrou na lição nada que pudesse criticar. Seu preconceito a respeito de Cristo foi removido. Mas não tinha vencido suficientemente a aversão nacional, para recomendar por nome o samaritano. Ao perguntar Cristo: "Qual pois destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?" Disse: "O que usou de misericórdia para com ele." BS 45 1 Disse, pois, Jesus: "Vai, e faze da mesma maneira." Mostra o mesmo terno amor para com os necessitados. Assim demonstrarás que guardas toda a lei. -- Parábolas de Jesus, 379, 380. BS 45 2 Qualquer pessoa necessitada é nosso próximo -- Qualquer ser humano que necessite de nossa simpatia e de nossos préstimos é nosso próximo. Os sofredores e desvalidos de toda classe são nosso próximo; e quando suas necessidades são trazidas ao nosso conhecimento, é nosso dever aliviá-los tanto quanto nos seja possível. -- Testimonies for the Church 4:226, 227. BS 45 3 Nesta parábola o dever de um homem para com o seu próximo ficou estabelecido para sempre. Devemos cuidar de todo caso de sofrimento e considerar-nos a nós mesmos como instrumentos de Deus para aliviar os necessitados até o máximo de nossas possibilidades. Devemos ser coobreiros de Deus. Alguns há que manifestam grande afeição por seus parentes, amigos e favoritos, e no entanto deixam de mostrar bondade e consideração aos que necessitam de terna simpatia, aos que necessitam de bondade e amor. Com fervor de coração perguntemo-nos a nós mesmos: Quem é o meu próximo? Nosso próximo não são meramente nossos associados e amigos especiais; não simplesmente os que pertencem a nossa igreja, ou que pensam como nós pensamos. Nosso próximo é toda a família humana. Devemos fazer o bem a todos os homens, e especialmente aos domésticos da fé. Devemos dar ao mundo uma demonstração do que significa praticar a lei de Deus. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos. -- The Review and Herald, 1 de Janeiro de 1895. BS 46 1 A verdadeira religião mal representada -- O sacerdote e o levita haviam estado em adoração no templo, cujo serviço Deus mesmo ordenara. Participar desse culto era grande e exaltado privilégio, e o sacerdote e o levita sentiram que sendo tão honrados, estava abaixo de sua dignidade servir a um sofredor desconhecido ao pé da estrada. Assim, negligenciaram a oportunidade especial que Deus lhes deparara como agentes Seus para abençoar um semelhante. BS 46 2 Muitos hoje em dia perpetram erro semelhante. Dividem seus deveres em duas classes distintas. Uma classe consiste em grandes coisas reguladas pela lei de Deus; a outra, nas assim chamadas coisas pequenas, em que o mandamento "Amarás o teu próximo como a ti mesmo", é passado por alto. Esta esfera de trabalho é deixada ao léu, e sujeita à inclinação e ao impulso. Deste modo o caráter é manchado e a religião de Cristo mal representada. BS 46 3 Homens há que pensam ser humilhante para a sua dignidade o servirem a humanidade sofredora. Muitos olham com indiferença e desdém os que arruinaram o templo da alma. Outros desprezam os pobres por diferentes motivos. Estão trabalhando, como crêem, na causa de Cristo, e procuram empreender algo de valor. Sentem que estão fazendo grande obra, e não se podem deter para notar as vicissitudes do necessitado e do infeliz. Sim, até pode dar-se que, favorecendo sua suposta grande obra, oprimam os pobres. Podem colocá-los em circunstâncias difíceis e probantes, privá-los de seus direitos ou negligenciar-lhes as necessidades. Apesar disso acham que tudo isto é justificável, porque estão, como cuidam, promovendo a causa de Cristo. -- Parábolas de Jesus, 382, 383. BS 47 1 O vasto alcance dos reclamos da lei de Deus -- Deixar que o próximo sofredor fique sem ajuda é abrir uma brecha na lei de Deus. Deus levou o sacerdote a transpor este caminho para que ele pudesse ver com os seus próprios olhos um caso que necessitava misericórdia e ajuda; mas o sacerdote, embora no exercício de um santo trabalho, cuja obra era demonstrar misericórdia e fazer o bem, passou de longe. Seu caráter fora exibido em sua verdadeira natureza perante os anjos de Deus. Para efeito de ostentação ele faria longas orações, mas não era capaz de guardar os princípios da lei em amar a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como a si mesmo. O levita era da mesma tribo que o sofredor, ferido e maltratado. Todo o Céu observava os passos do levita estrada abaixo, para ver se o seu coração seria tocado com a dor humana. Ao dar com o homem, convenceu-se do que devia fazer; mas não era uma tarefa agradável, pelo que desejou não tivesse vindo por esse caminho, de maneira que não tivesse sido obrigado a ver o homem que fora ferido e maltratado, que estava desnudo e perecendo, e em necessidade de auxílio de seus semelhantes. Ele seguiu seu caminho, persuadindo-se de que isto não fazia parte de sua atividade e de que não precisava preocupar-se com o caso. Pretendendo ser um expositor da lei, um ministro das coisas sagradas, passou não obstante de largo. BS 47 2 Envolvido na coluna de nuvem, o Senhor Jesus havia dado especial indicação quanto à prática de atos de misericórdia para com o homem e os animais. Embora a lei de Deus requeira supremo amor a Deus e amor imparcial ao próximo, o vasto alcance dos seus reclamos toca também às criaturas mudas que não podem expressar em palavras suas necessidades e sofrimentos. "Se vires prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo." Aquele que ama a Deus, não somente amará o seu semelhante, mas considerará com terna compaixão as criaturas que Deus fez. Quando o Espírito de Deus está no homem, leva-o a aliviar o sofrimento antes que a criá-lo. -- The Review and Herald, 1 de Janeiro de 1895. BS 48 1 Os princípios da lei de Deus foram esquecidos -- O sacerdote e o levita não tinham desculpa para sua fria indiferença. A lei de misericórdia e bondade foi claramente exposta nas Escrituras do Velho Testamento. Foi sua obra designada ministrar a casos exatamente como esse que friamente haviam passado por alto. Houvessem eles obedecido à lei que diziam respeitar, e não teriam passado por este homem sem ajudá-lo. Mas eles haviam esquecido os princípios da lei que Cristo, na coluna de nuvem, havia dado a seus pais quando os levou através do deserto. ... BS 48 2 Quem é meu próximo? Esta é uma pergunta que todas as igrejas precisam compreender. Tivessem o sacerdote e o levita lido com entendimento o código hebreu, e sua maneira de tratar o homem ferido teria sido absolutamente diferente. -- Manuscrito 117, 1903. BS 48 3 Condições para a herança da vida eterna -- As condições de herança da vida eterna são claramente afirmadas por nosso Salvador da maneira mais simples. O homem que fora ferido e roubado representa aqueles que dependem de nosso interesse, simpatia e caridade. Se negligenciarmos a causa dos necessitados e desafortunados que nos vem ao conhecimento, não importa quem sejam eles, não temos a garantia de vida eterna, pois não estaremos correspondendo aos deveres que Deus sobre nós impõe. Não nos compadecemos ou nos apiedamos da humanidade, porque podem não ser de nossa parentela. Haveis sido achados transgressores do segundo grande mandamento, do qual dependem os últimos seis. Qualquer que transgredir num só ponto, torna-se culpado de todos. Aqueles que não abrem o coração às necessidades e sofrimentos da humanidade também não abrirão o coração aos reclamos de Deus estatuídos nos primeiros quatro preceitos do decálogo. Os ídolos pedem o coração e as afeições, e Deus não é honrado e não reina supremamente. -- Testimonies for the Church 3:524. BS 49 1 Oportunidade vossa e minha -- Deus dá hoje aos homens oportunidade de mostrar se amam ao próximo. Aquele que verdadeiramente ama a Deus e aos semelhantes é o que mostra misericórdia ao desvalido, ao sofredor, ao ferido, aos que estão prestes a perecer. Deus reclama de cada homem que assuma sua obra negligenciada de buscar restaurar a imagem moral do Criador na humanidade. -- Carta 113, 1901. BS 49 2 Como podemos amar nosso próximo como a nós mesmos -- Só podemos amar nosso próximo como a nós mesmos se amarmos a Deus acima de todas as coisas. O amor a Deus dará frutos em amor ao próximo. Muitos pensam que é impossível amar ao próximo como a nós mesmos, mas este é o único fruto genuíno do cristianismo. Amar a outros é revestir-se do Senhor Jesus Cristo; é andar e obrar tendo em vista o mundo invisível. Devemos assim conservar-nos olhando para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé. -- The Review and Herald, 26 de Junho de 1894. ------------------------Capítulo 6 -- Nosso exemplo em beneficência cristã BS 53 0 Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir. Marcos 10:45. BS 53 1 Cristo se apresenta perante nós como a grande norma -- Fazei a obra de Cristo o vosso exemplo. Constantemente Ele saía fazendo o bem -- alimentando o faminto, curando os enfermos. Ninguém que a Ele viesse em busca de simpatia saía desapontado. Comandante das cortes celestiais, Ele Se fez carne e habitou entre nós, e Sua vida de trabalho é um exemplo da tarefa que devemos executar. Seu amor terno e piedoso é uma repreensão ao nosso egoísmo e dureza de coração. -- Manuscrito 55, 1901. BS 53 2 Cristo Se pôs como cabeça da humanidade nas vestes da humanidade. Tão plena de simpatia e amor era Sua atitude que nem o mais pobre tinha receio de vir a Ele. Era bom para todos, facilmente acessível ao mais humilde. Ia de casa em casa curando os enfermos, alimentando os famintos, confortando os tristes, tranqüilizando os aflitos, falando de paz ao atribulado. ... Ele Se dispôs a humilhar-Se a Si mesmo, a negar-Se. Não procurava distinguir-Se. Era servo de todos. Sua comida e Sua bebida era ser um conforto e um consolo a outros, era alegrar os tristes e aligeirar o fardo daqueles com quem diariamente entrava em contato. BS 53 3 Cristo Se apresenta diante de nós como um Homem-padrão, o grande Médico-Missionário -- um exemplo para todos que viessem depois. Seu amor, puro e santo, abençoava todo que estivesse dentro de Sua esfera de influência. Seu caráter era absolutamente perfeito, isento da mais leve mancha de pecado. Ele veio como expressão do perfeito amor de Deus, não para esmagar, não para julgar e condenar, mas para sanar todo caráter fraco e defeituoso, para salvar homens e mulheres do poder de Satanás. Ele é o Criador, Redentor e Sustentador da raça humana. A todos faz Ele o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo leve." BS 54 1 Qual, então, o exemplo que devemos dar ao mundo? Devemos empenhar-nos na mesma obra que o grande Médico-Missionário tomou a Si em nosso favor. Devemos seguir o caminho da abnegação assinalado por Cristo. -- Special Testimonies, Série B, 8:31, 32. BS 54 2 Cristo tocado pela compaixão -- Ao ver Cristo a multidão que se reunia em torno dEle, "teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor". Cristo via as enfermidades, as dores, a carência e degradação das multidões que Lhe embargavam os passos. Eram-Lhe apresentadas as necessidades e misérias da humanidade em todo o mundo. Entre os mais altos e os mais humildes, os mais honrados e os mais degradados, via almas anelando as próprias bênçãos que Ele viera trazer. ... BS 54 3 Hoje existem as mesmas necessidades. O mundo carece de obreiros que trabalhem como Cristo fazia pelos aflitos e os pecadores. Há, na verdade, uma multidão a ser alcançada. O mundo está cheio de doenças, sofrimentos, misérias e pecados. Cheio de criaturas necessitadas de quem delas cuide -- o fraco, o desamparado, o ignorante, o degradado. -- Testemunhos Selectos 2:492. BS 55 1 O modelo que devemos copiar -- O verdadeiro espírito missionário é o espírito de Cristo. O Redentor do mundo foi o grande missionário modelo. Muitos de Seus seguidores têm trabalhado diligente e abnegadamente na causa da salvação humana; mas o trabalho de homem algum pode-se comparar com a abnegação, o sacrifício, a beneficência de nosso Exemplo. BS 55 2 O amor que Cristo demonstrou por nós, é sem paralelo. Quão zelosamente trabalhou Ele! Quantas vezes esteve sozinho, em fervorosa oração, nas encostas das montanhas ou no retiro do horto, derramando Suas súplicas com forte clamor e lágrimas! Com que perseverança insistia Ele em Suas petições pelos pecadores! Mesmo na cruz, esquece os próprios sofrimentos, em Seu grande amor por aqueles a quem viera salvar. Quão frio o nosso amor, quão débil nosso interesse, quando comparados com o amor e o interesse manifestados por nosso Salvador! Jesus Se deu a Si mesmo para redimir nossa raça; todavia quão prontos somos a nos escusar de dar tudo quanto temos a Jesus! Nosso Salvador submete-Se a fatigante trabalho, à ignomínia e ao sofrimento. Foi repelido, zombado, escarnecido enquanto Se empenhava na grande obra que viera realizar na Terra. BS 55 3 Acaso indagais, irmãos e irmãs: Que modelo imitarei eu? Não vos indico grandes homens, homens bons, mas o Redentor do mundo. Caso queiramos ter o verdadeiro espírito missionário, precisamos imbuir-nos do amor de Jesus; precisamos olhar para o Autor e Consumador de nossa fé, estudar-Lhe o caráter, cultivar-Lhe o espírito de mansidão e humildade, e andar em Suas pegadas. BS 55 4 Muitos pensam que o espírito missionário, a habilitação para a obra missionária, é um dom ou dotação especial concedido aos pastores e a alguns poucos membros da igreja, e que todos os outros devem ser meros espectadores. Nunca houve erro maior. Todo verdadeiro cristão possuirá espírito missionário; pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. Ninguém vive para si mesmo, e "se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dEle". Romanos 8:9. Todo aquele que tem experimentado as virtudes do mundo por vir, seja ele jovem ou velho, instruído ou iletrado, será movido pelo espírito que atuou em Cristo. O primeiro impulso do coração regenerado é levar outros também ao Salvador. Os que não possuem este desejo, dão provas de haver perdido o primeiro amor; devem examinar rigorosamente o coração à luz da Palavra de Deus, e procurar um novo batismo do Espírito de Cristo; devem orar por mais profunda compreensão daquele assombroso amor que Jesus manifestou por nós em deixar o reino da glória e vir a um mundo caído para salvar os perdidos. -- Idem, 2:126, 127. BS 56 1 A interpretação que Cristo dá ao evangelho -- A divina comissão não necessita reforma. Nada há que melhorar na presente verdade segundo o método de Cristo. O Salvador deu aos discípulos lições práticas, ensinando-lhes como trabalhar de maneira que as almas se sentissem jubilosas na verdade. Ele simpatizava com os cansados, os sobrecarregados, os oprimidos. Alimentava os famintos e curava os enfermos. Constantemente saía fazendo o bem; e pelo bem que realizava, pelas palavras de amor e obras de bondade, interpretava o evangelho para os homens. BS 56 2 Embora breve como foi o período de Seu ministério público, Ele completou a obra para que viera. Quão impressivas foram as verdades que ensinou! Quão completa Sua carreira! Quão espiritual o alimento que diariamente distribuía ao apresentar o pão da vida a milhares de almas famintas! Sua vida foi um vivo ministério da palavra. Nada prometeu que não cumprisse. BS 57 1 As palavras de vida eram apresentadas com tal simplicidade que uma criança podia entendê-las. Assim eram homens, mulheres e crianças de tal forma impressionados com Sua maneira de explicar as Escrituras que podiam captar até a entonação de Sua voz, pondo em suas palavras a mesma ênfase e imitando os Seus gestos. A juventude absorvia o espírito do Seu ministério, e procurava modelar-se segundo Suas graciosas maneiras, procurando assistir os que via em necessidade de auxílio. BS 57 2 Assim como podemos assinalar o curso de uma corrente de água pela linha de vegetação verde que ela produz, assim Cristo pode ser visto nas obras de misericórdia que marcou cada passo do Seu caminho. Aonde quer que ia brotava a saúde, a felicidade se seguia onde quer que Ele passasse. Os cegos e os surdos se rejubilavam em Sua presença. Aos ignorantes Suas palavras abriam a fonte da vida. Ele dispensava Suas bênçãos abundante e continuamente. Eram os armazenados tesouros da eternidade, dados em Cristo, o rico dom do Senhor ao homem. BS 57 3 A obra de Cristo em favor do homem não está terminada. Ela continua ainda hoje. Da mesma maneira devem os Seus embaixadores pregar o evangelho e revelar Seu piedoso amor pelas almas perdidas e a perecer. Pela manifestação de interesse altruísta naqueles que necessitam de auxílio devem eles dar uma demonstração prática da verdade do evangelho. Nesta obra está incluído muito mais que mera pregação de sermões. A evangelização do mundo é a obra que Deus deu aos que saem em Seu nome. Devem ser colaboradores de Cristo, revelando Seu amor terno e piedoso aos que estão prontos a perecer. Deus convida a milhares para que por Ele trabalhem, não pelo pregar aos que conhecem a verdade para este tempo, mas pelo advertir aos que jamais ouviram a última mensagem de misericórdia. Trabalhai com o coração repleto de um fervoroso desejo de almas. Fazei obra médico-missionária. Assim conseguireis acesso ao coração do povo, e o caminho será preparado para mais decidida proclamação da verdade. BS 58 1 Quem é coobreiro de Cristo nesta abençoada obra médico-missionária? Quem aprendeu as lições do Mestre e sabe como tratar habilmente com as almas pelas quais Cristo morreu? Nós necessitamos, e quanto! de médicos para a alma, que tenham sido educados na escola de Cristo e que possam trabalhar nas fileiras de Cristo. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1914. ------------------------Capítulo 7 -- Visitação -- o plano do novo testamento BS 59 1 Os métodos de trabalho de Cristo -- Valiosas lições podemos aprender dos métodos de trabalho de Cristo. Ele não seguiu um método meramente; procurou por várias maneiras conquistar a atenção da multidão, para que lhes pudesse proclamar as verdades do evangelho. BS 59 2 A principal tarefa de Cristo foi a ministração em favor dos pobres, dos necessitados e ignorantes. Em simplicidade franqueava-lhes as bênçãos que pudessem receber, e assim despertava na alma uma fome de pão da vida. A vida de Cristo é um exemplo a todos os Seus seguidores. É dever de todos que aprenderam o caminho da vida ensinar a outros o que significa crer na Palavra de Deus. Há muitos agora nas sombras da morte que necessitam ser instruídos nas verdades do evangelho. Quase o mundo inteiro jaz na impiedade. Nós temos palavras de esperança aos que se assentam nas trevas. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1912. BS 59 3 O alcance do ministério de Cristo de casa em casa -- Nosso Salvador ia de casa em casa, curando os enfermos, confortando os tristes, consolando os aflitos, e dirigindo palavras de paz aos abatidos. Ele tomava as criancinhas nos braços, e as abençoava e dirigia palavras de esperança e conforto às mães cansadas. Com infatigável ternura e suavidade Se aproximava de todas as formas de infortúnio e aflição humanos. Não em Seu próprio proveito, mas no dos outros, Ele trabalhava. Era o servo de todos. Sua comida e bebida era levar esperança e forças a todos com quem chegava em contato. -- Obreiros Evangélicos, 188. BS 60 1 O método de Cristo produz verdadeiro sucesso -- Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: "Segue-Me." -- A Ciência do Bom Viver, 143. BS 60 2 Foi assim que a igreja cristã foi estabelecida. Cristo selecionou primeiro umas poucas pessoas e ordenou-lhes que O seguissem. Estas foram em busca de seus familiares e conhecidos, e levaram-nos a Cristo. É desta maneira que devemos trabalhar. Umas poucas almas postas à parte e plenamente estabelecidas na verdade estarão dispostas, como os primeiros discípulos, a trabalhar em favor de outros. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. BS 60 3 O divino exemplo em evangelismo pessoal -- Jesus entrava em contato pessoal com os homens. Não Se mostrava arredio e afastado daqueles que necessitavam Seu auxílio. Ele penetrava os lares dos homens, confortava os tristes, curava os enfermos, alertava os descuidados, e saía pelas vizinhanças fazendo o bem. E se seguimos os passos de Jesus, precisamos fazer como Ele fazia. Temos que dar aos homens a mesma bondosa ajuda que Ele dava. -- Idem, 24 de Abril de 1888. BS 60 4 Não é o pregar o mais importante; é o trabalho feito de casa em casa, raciocinando sobre a Palavra, explicando-a. São os obreiros que seguem os métodos de Cristo, que hão de conquistar almas para sua recompensa. -- Obreiros Evangélicos, 468. BS 60 5 O Senhor deseja que Sua Palavra de misericórdia seja levada a toda alma. Isto deve ser executado em alto grau pelo serviço pessoal. Era o método de Cristo. Sua obra consistia grandemente em entrevistas pessoais. Tinha fiel consideração pelo auditório de uma só alma. Por essa única pessoa a mensagem, muitas vezes, era proclamada a milhares. -- Parábolas de Jesus, 229. BS 61 1 Os doze enviados para trabalhar de casa em casa -- Nessa primeira viagem, os discípulos só deviam ir aos lugares em que Jesus já estivera antes, e onde fizera amigos. ... Não deviam permitir que coisa alguma lhes distraísse o espírito de sua grande obra, nem de maneira nenhuma excitar oposição e fechar a porta a trabalho posterior. Não deviam adotar o vestuário dos mestres religiosos, nem usar no traje coisa alguma que os houvesse de distinguir dos humildes camponeses. Não lhes convinha entrar nas sinagogas e convocar o povo para serviço público; seu esforço devia-se desenvolver no trabalho feito de casa em casa. ... Cumpria-lhes entrar na morada com a bela saudação: "Paz seja nesta casa." Essa casa seria abençoada por suas orações, seus hinos de louvor, e o estudo das Escrituras no círculo familiar. -- O Desejado de Todas as Nações, 351, 352. BS 61 2 Idêntica a missão dos setenta -- Chamando os doze ao pé de Si, Jesus ordenou-lhes que fossem dois a dois pelas cidades e aldeias. Nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo. Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se entre si, e orando um com o outro, a força de um suprindo a fraqueza do outro. Da mesma maneira enviou Ele posteriormente os setenta. Era o desígnio do Salvador que os mensageiros do evangelho assim se associassem. Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo mais estritamente seguido. -- Idem, 350. BS 61 3 Paulo ia de casa em casa -- Paulo, embora trabalhando também publicamente, ia de casa em casa pregando o arrependimento para com Deus e a fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. Ele se encontrava com os homens em seus lares, suplicando-lhes com lágrimas, declarando-lhes todo o conselho de Deus. -- The Review and Herald, 24 de Abril de 1888. BS 62 1 O segredo do poder e sucesso de Paulo -- Uma ocasião Paulo disse: "Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, servindo ao Senhor com toda a humildade, lágrimas e provações que, pelas ciladas dos judeus, me sobrevieram; jamais deixando de vos anunciar coisa alguma proveitosa, e de vo-la ensinar publicamente e também de casa em casa." BS 62 2 Essas palavras explicam o segredo do poder e sucesso de Paulo. Nada retinha ele que fosse de proveito ao povo. Pregava a Cristo publicamente, nas praças e nas sinagogas. Ensinava de casa em casa, servindo-se do familiar intercâmbio do círculo do lar. Visitava os enfermos e os tristes, confortando os aflitos e animando os oprimidos. E em tudo que dizia e fazia pregava o Salvador crucificado e ressurgido. -- The Youth's Instructor, 22 de Novembro de 1900. BS 62 3 Paulo obtinha acesso a outros também por meio de seu ofício -- Durante o longo período de seu ministério em Éfeso, onde promoveu durante três anos uma intensiva campanha evangelística através daquela região, Paulo retornou ao seu ofício. ... BS 62 4 Havia alguns que faziam restrição a estar Paulo trabalhando num ofício, sob a alegação de que era inconsistente com a obra de um ministro evangélico. Por que deveria Paulo, um ministro da mais alta categoria, assim aliar uma atividade braçal com a pregação da Palavra? Não é o obreiro digno do seu salário? Por que deveria ser gasto na fabricação de tendas o tempo, que segundo tudo indicava, podia ser empregado com melhor proveito? BS 63 1 Mas Paulo não considerava perdido o tempo assim gasto. Enquanto trabalhava com Áquila, mantinha-se em contato com o grande Mestre, não perdendo oportunidade de dar testemunho do Salvador e de auxiliar a tantos quantos necessitassem de auxílio. Sua mente estava sempre a procura de conhecimento espiritual. A seus coobreiros deu instrução sobre coisas espirituais, e também exemplo de operosidade e inteireza. Era um obreiro hábil e expedito, diligente nos negócios, fervoroso "no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Enquanto trabalhava em seu ofício, o apóstolo tinha acesso a uma classe de pessoas que de outra maneira não teria podido alcançar. ... BS 63 2 Paulo trabalhava algumas vezes dia e noite, não apenas para seu próprio sustento, mas para que pudesse ajudar a seus companheiros de trabalho. Repartia seu ganho com Lucas, e auxiliava Timóteo. Sofria até fome às vezes, para que pudesse aliviar as necessidades de outros. Sua vida era uma vida de abnegação. -- Atos dos Apóstolos, 351, 352. BS 63 3 O exemplo prático de Paulo para o trabalho dos leigos -- Paulo deu um exemplo contra o sentimento que então ganhava influência na igreja, de que o evangelho só poderia ser pregado com êxito por aqueles que estivessem inteiramente libertos da necessidade de trabalho físico. Ele ilustrou de maneira prática o que podia ser feito por consagrados leigos em muitos lugares onde o povo não estava familiarizado com as verdades do evangelho. Sua atitude inspirou a muitos humildes trabalhadores o desejo de fazer o que lhes fosse possível para o avanço da causa de Deus, enquanto ao mesmo tempo se mantinham a si mesmos com o trabalho diário. BS 63 4 Áquila e Priscila não foram chamados a dar todo o seu tempo ao ministério evangélico; todavia esses humildes obreiros foram usados por Deus para mostrar a Apolo mais perfeitamente o caminho da verdade. O Senhor empregava vários instrumentos para a realização de Seu propósito; e enquanto alguns com talentos especiais são escolhidos para devotar todas as suas energias à tarefa de ensinar e pregar o evangelho, muitos outros, sobre quem mãos humanas nunca foram postas em ordenação, são chamados a desempenhar importante parte na salvação de almas. BS 64 1 Há um vasto campo aberto diante do obreiro evangélico por conta própria. Muitos podem alcançar valiosas experiências no ministério, enquanto trabalham parte do tempo em alguma forma de atividade manual; e por este método eficiente, obreiros podem-se desenvolver para importantes serviços em campos necessitados. -- Idem, 355, 356. BS 64 2 Ide no espírito que constrangeu a Paulo -- Ide a vossos vizinhos um por um, e achegai-vos a eles até que o seu coração esteja aquecido pelo vosso amor e abnegado interesse. Simpatizai com eles, com eles orai, procurando descobrir oportunidades para fazer-lhes bem, e quanto puderdes, reuni uns poucos e abri-lhes a Palavra de Deus ao entendimento entenebrecido. Conservai-vos vigiando como quem deve prestar contas pelas almas dos homens, e fazei o máximo dos privilégios que Deus vos dá em trabalhar com Ele em Sua vinha moral. BS 64 3 Não negligencieis o falar a vossos vizinhos e o fazer-lhes todo o bem possível, a fim de que "por todos os meios", possais salvar alguns. Necessitamos buscar o espírito que constrangeu o apóstolo Paulo a ir de casa em casa, suplicando com lágrimas e ensinando o "arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo". -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. BS 64 4 As primeiras abras da igreja do novo testamento -- As primeiras obras da igreja foram vistas quando os crentes procuraram seus amigos, parentes e conhecidos, e com o coração pleno de amor, contaram a história do que era para eles. -- Special Testimonies, Série A, 2a:17. BS 65 1 Sucesso do plano do novo testamento -- Quanto mais de perto for o plano do Novo Testamento seguido no trabalho missionário, mais bem-sucedidos serão os esforços empregados. Devemos trabalhar como trabalhou nosso divino Mestre, semeando as sementes da verdade com cuidado, ansiedade e abnegação. Precisamos ter a mente de Cristo, se não quisermos cansar-nos de fazer o bem. A Sua vida foi uma vida de contínuo sacrifício em favor de outros. Temos de seguir o Seu exemplo. -- Testimonies for the Church 3:210. ------------------------Capítulo 8 -- Dorcas -- seu ministério e influência BS 66 1 Restaurada à vida para continuar seu ministério -- No decorrer de seu ministério o apóstolo Pedro visitou os crentes em Lida. Ali curou Enéias, que durante oito anos estivera de cama, com paralisia. "Enéias, Jesus Cristo te dá saúde", disse o apóstolo; "levanta-te, e faze a tua cama." "E logo se levantou. E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor." BS 66 2 Em Jope, que era perto de Lida, vivia uma mulher chamada Dorcas, cujas boas ações a tornaram grandemente amada. Era uma digna discípula de Jesus e sua vida estava repleta de atos de bondade. Sabia quem carecia de roupa confortável e quem necessitava de simpatia, e liberalmente ministrava aos pobres e tristes. Seus hábeis dedos eram mais ativos do que sua língua. BS 66 3 "Aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu." A igreja de Jope sentiu a perda; e, ouvindo que Pedro estava em Lida, os crentes lhe enviaram mensageiros "rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles. E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos que Dorcas fizera quando estava com elas". Em vista da vida de serviços que Dorcas vivera, não admira que chorassem, que cálidas lágrimas caíssem sobre o corpo inanimado. BS 66 4 O coração do apóstolo foi tocado de simpatia ao contemplar-lhes a tristeza. Então, determinando que os amigos em pranto se retirassem do quarto, ajoelhou-se e orou fervorosamente a Deus, para que restabelecesse Dorcas à vida e à saúde. Voltando-se para o corpo, disse: "Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e vendo a Pedro, assentou-se." Dorcas fora de grande utilidade à igreja, e Deus houve por bem trazê-la da terra do inimigo, a fim de que sua habilidade e energia pudessem ainda ser uma bênção a outrem, e que também por esta manifestação de Seu poder a causa de Cristo se fortalecesse. -- Atos dos Apóstolos, 131, 132. BS 67 1 Uma nobre discípula que não podia ser dispensada -- Ela [Dorcas] havia sido uma digna discípula de Jesus Cristo, e sua vida havia-se caracterizado por obras de caridade e bondade para com os pobres e atribulados e pelo zelo na causa da verdade. Sua morte era uma grande perda. A igreja infante não podia sem prejuízo dispensar seus nobres esforços. ... BS 67 2 Esta grande obra de dar vida à morta foi um meio de conversão de muitos em Jope à fé de Jesus. -- The Spirit of Prophecy 3:323, 324. ------------------------Capítulo 9 -- Tipos de trabalho evangelístico entre os vizinhos BS 71 0 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus. Mateus 5:16. BS 71 1 Uma grande obra a ser feita por nossas igrejas -- Há para ser feita por nossas igrejas uma obra da qual poucos têm alguma idéia. ... Temos que dar de nossos meios para sustentar os obreiros no campo da seara e rejubilarmo-nos pelos molhos colhidos. Embora isto esteja certo, há uma obra, ainda intocada, que deve ser feita. A missão de Cristo era curar os enfermos, encorajar os desesperançados, levantar o desalentado. Esta obra de restauração deve ser promovida entre os necessitados sofredores da humanidade. BS 71 2 Deus reclama não apenas vossa benevolência, mas vossa fisionomia alegre, vossas palavras de esperança, vosso aperto de mão. Aliviai alguns dos aflitos de Deus. Alguns estão enfermos, e a esperança os abandonou. Devolvei-lhes a alegria. Há almas que perderam a coragem; falai com elas; por elas orai. Há os que necessitam do pão da vida. Lede-lhes a Palavra de Deus. Há uma enfermidade da alma que nenhum bálsamo pode alcançar, nenhum remédio curar. Orai por esses e trazei-os a Jesus. E em todo o vosso trabalho esteja Cristo presente para fazer impressões no coração humano. -- Manuscrito 105, 1898. BS 71 3 Visitai cada família e informai-vos de sua condição espiritual -- Onde quer que uma igreja seja estabelecida, todos os membros devem empenhar-se ativamente em trabalho missionário. Devem visitar cada família nas vizinhanças e informar-se de sua condição espiritual. Se os professos cristãos se empenhassem nesta obra desde o momento em que os seus nomes são postos no livro da igreja, não haveria agora tão disseminada incredulidade, tão profunda iniqüidade, impiedade tão sem paralelo como se observa no mundo presentemente. Se cada membro da igreja tivesse procurado iluminar a outros, milhares e milhares hoje estariam ao lado do povo que guarda os mandamentos de Deus. BS 72 1 E não é somente no mundo que vemos os resultados da negligência da igreja em trabalhar nas fileiras de Cristo. Por esta negligência tem sido levado para dentro da igreja um estado de coisas que tem eclipsado os altos e santos interesses da obra de Deus. Um espírito de criticismo e amargura tem penetrado na igreja, e o discernimento espiritual de muitos tem diminuído. Em virtude disto a causa de Cristo tem sofrido grande perda. As inteligências celestiais têm estado à espera de poder cooperar com as instrumentalidades humanas, mas nós não temos discernido sua presença. BS 72 2 É agora alto tempo de nos arrependermos. Todo o povo de Deus deve interessar-se na obra de fazer o bem. Deve unir os corações e as almas num fervente esforço para alevantar e esclarecer os seus semelhantes. -- Testimonies for the Church 6:296, 297. BS 72 3 Forçai-os a entrar -- Há vários anos, durante uma visita ao Sul, enquanto fazia o longo trajeto, eu perguntava algumas vezes quem ocupava os lares por onde passávamos, e soube que em muitas das maiores casas do Sul moravam homens que levavam importantes responsabilidades no cuidado de grandes propriedades. Informando-me melhor, vim a saber que ninguém tinha procurado levar perante esses homens a Palavra da vida. Ninguém fora ter com eles, com a Bíblia na mão, dizendo: "Temos para o senhor alguma coisa preciosa, e desejamos que a ouça." Agora tem sido apresentado perante mim repetidamente que esta é uma espécie de trabalho que precisa ser feito. Devemos sair pelos caminhos e valados e levar ao povo a mensagem da verdade que Cristo nos deu. Devemos forçá-los a entrar. -- Manuscrito 15, 1909. BS 73 1 Aproveitando os contatos para apresentar a Cristo -- Há muitas pessoas a quem a esperança abandonou. Restituí-lhes a luz. Muitos perderam a coragem. Falai-lhes palavras de ânimo. Orai por eles. Há os que necessitam do pão da vida. Lede-lhes da Palavra de Deus. Há muitos enfermos da alma, os quais nenhum bálsamo terrestre pode alcançar nem médico levar cura. Orai por essas almas. Levai-as a Jesus. Dizei-lhes que há Bálsamo e Médico em Gileade. -- Profetas e Reis, 719. BS 73 2 Trabalhai por todas as classes -- Há em cada lugar uma obra a ser feita por todas as classes da sociedade. Devemos aproximar-nos dos pobres e viciados, os que caíram pela intemperança. E, ao mesmo tempo, não devemos esquecer as classes altas -- advogados, clérigos, legisladores e juízes, muitos dos quais são escravos de hábitos de intemperança. Nenhuma medida deve deixar de ser experimentada para mostrar-lhes serem suas almas dignas de salvação, que a vida eterna é alguma coisa pela qual vale a pena lutar. -- Testimonies for the Church 7:58. BS 73 3 Chamado para diferentes setores de trabalho -- O Senhor está convidando o Seu povo a que assuma os diferentes setores de trabalho missionário, que semeie sobre todas as águas. Nós fazemos apenas pequena parte da obra que o Senhor deseja façamos entre nossos vizinhos e amigos. Pela prática da bondade para com os pobres, os enfermos, ou os desamparados, podemos alcançar influência sobre eles, de maneira que a verdade divina consiga acesso aos seus corações. Nenhuma oportunidade assim para serviço devia ficar sem ser aproveitada. Trata-se do mais alto trabalho missionário que podemos fazer. A apresentação da verdade de casa em casa em amor e simpatia está em harmonia com as instruções de Cristo a Seus discípulos quando os enviou em sua primeira viagem missionária. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. BS 74 1 Ajudai a humanidade como Cristo fazia -- Ao passar Ele pelas cidades e aldeias, era como uma corrente vital, difundindo vida e alegria por onde quer que fosse. BS 74 2 Os seguidores de Cristo devem trabalhar como Ele o fez. Cumpre-nos alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os doentes e aflitos. Devemos ajudar aos que estão em desespero, e inspirar esperança aos desanimados. -- O Desejado de Todas as Nações, 350. BS 74 3 A obra que cada igreja devia estar fazendo -- A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia de há muito estar realizando. Cumpre-nos mostrar a terna simpatia do samaritano em acudir às necessidades físicas, alimentar o faminto, trazer para casa os pobres desterrados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não se podem ajudar a si mesmos. Isto fazendo, temos favorável ensejo de apresentar a Cristo, o Crucificado. -- Testemunhos Selectos 2:514. BS 74 4 Sermões não o podem fazer -- Aproximai-vos do povo onde ele se acha, mediante trabalho pessoal. Relacionai-vos com ele. Esta é uma obra que se não pode fazer por procuração. Dinheiro emprestado ou dado, não a pode realizar. Sermões, do púlpito, não a podem efetuar. -- Obreiros Evangélicos, 188. BS 75 1 Cânticos de evangelização -- Há poder no ministério do cântico. Os alunos que aprenderam a cantar com melodia e clareza, suaves hinos evangélicos, podem atuar muito bem como cantores evangelistas. Encontrarão muitos ensejos de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e raios de luz a muitos solitários lugares entenebrecidos pela tristeza e aflição, cantando para pessoas que raramente têm o privilégio de ir à igreja. BS 75 2 Estudantes, ide pelos caminhos e atalhos. Esforçai-vos por chegar em contato com as classes mais elevadas, bem como com as mais humildes. Entrai nas casas dos ricos e nas dos pobres, e, quando se vos ofereça ocasião, perguntai: "Acaso os senhores gostariam de ouvir cantar alguns hinos de louvor a Deus?" Então, quando os corações se acham enternecidos, talvez se abra caminho para proferirdes algumas palavras de oração pedindo as bênçãos de Deus. Não serão muitos os que se recusam a ouvir. Tal ministério é genuína obra missionária. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 547, 548. BS 75 3 Um vasto campo de trabalho prático -- Há um vasto campo de trabalho tanto para mulheres como para homens. A cozinheira eficiente, a costureira, a enfermeira -- de todos estes é necessário o auxílio. Que os membros de famílias pobres sejam ensinados a cozinhar, a costurar e consertar suas próprias roupas, a tratar dos enfermos e a cuidar devidamente do lar. Mesmo as crianças devem ser ensinadas a fazer pequenos trabalhos de amor e misericórdia pelos menos afortunados que elas. BS 75 4 Outros ramos de prestatividade serão abertos àqueles que se mostrarem dispostos a desempenhar as tarefas mais próximas. Não é o orador erudito, eloqüente, o que se necessita agora, mas homens e mulheres cristãos humildes. BS 76 1 Trabalhai desinteressada, amável e pacientemente, por todos com os quais entreis em contato. Não mostreis impaciência. Não profirais sequer uma palavra inamistosa. Deixai que o amor de Cristo esteja em vossos corações, a lei da bondade em vossos lábios. -- The Review and Herald, 7 de Agosto de 1913. BS 76 2 Como utilizar os dias de descanso -- Há outros setores de trabalho. Alguns são aptos para ler as Escrituras e comunicar a outros o que cremos. Esses podem ser canais de luz e precioso conforto a algumas pobres almas desencorajadas que parecem incapazes de reter a esperança e exercer fé. Outros precisam procurar descobrir como podem dedicar-se à execução de pequenos trabalhos para o Senhor. Se aqueles cujo trabalho lhes toma a maior parte do tempo, exceto os domingos e feriados, em vez de despender esse tempo em seu próprio prazer, usassem-no como uma bênção para outros, estariam a serviço da causa de Deus. Vosso exemplo ajudará outros a fazer alguma coisa que redunde em glória para Deus. Ouvi as palavras do inspirado apóstolo: "Portanto quer comais, ou bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus." Assim será levado em vossa vida diária ativa um vivo princípio de ser bom e fazer o bem. ... BS 76 3 Nem a todos será possível dar o seu tempo inteiro à obra, em vista de precisarem trabalhar para ganhar o seu sustento diário. Todavia esses têm os seus feriados e as ocasiões que podem dedicar à obra cristã, fazendo o bem desta maneira, se não podem dar muito de seus meios. -- Carta 12, 1892. BS 76 4 As horas tantas vezes gastas em divertimentos que não refrigeram nem o corpo e nem a alma devem ser despendidas em visitas aos pobres, enfermos e sofredores, ou em procurar ajudar alguém que esteja em necessidade. -- Testimonies for the Church 6:276. BS 77 1 A beneficência praticada no Sábado -- De acordo com o quarto mandamento, o sábado foi dedicado ao repouso e ao culto religioso. Toda atividade secular devia ser suspensa, mas as obras de misericórdia e beneficência estavam em harmonia com o propósito do Senhor. Elas não deviam ser limitadas a tempo ou lugar. Aliviar os aflitos, confortar os tristes, é um trabalho de amor que faz honra ao dia de Deus. -- Redemption: or the Teachings of Christ, the Anointed One, 4:46. BS 77 2 Antigos métodos de visitação -- Os que sentem sobre si o fardo de almas saiam de casa em casa fazendo o trabalho, e ensinem o povo mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali, levando-os gradualmente à plena luz da verdade bíblica. Isto foi o que tivemos de fazer nos primeiros tempos da mensagem. Ao serem postos em ação ferventes esforços, o Senhor fará que Suas bênçãos repousem sobre os obreiros e sobre os que estiverem buscando a compreensão da verdade como se encontra na Palavra de Deus. BS 77 3 Há na Palavra de Deus preciosas verdades, verdades gloriosas, e é nosso privilégio levar essas verdades perante o povo. Naquelas partes do campo onde muitos não podem assistir a reuniões distantes de seu domicílio, podemos levar-lhes a mensagem pessoalmente e com eles trabalhar em simplicidade. BS 77 4 Que luz há na Palavra! Em Isaías lemos: "Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a tua voz como a trombeta, e anuncia ao Meu povo a sua transgressão." Esta é a obra que devemos fazer. Notai a expressão: "Meu povo." Por que haveria o profeta de dizer "Meu povo"? Eles não estavam andando segundo a luz da verdade, mas Deus desejava salvá-los dos seus pecados. A verdade devia ser-lhes novamente levada em sua simplicidade. BS 77 5 A mensagem do terceiro anjo deve ir a todas as pessoas, e Cristo declarou que ela deve ser proclamada nos caminhos e valados. "Clama a plenos pulmões, não te detenhas", Ele ordenou. Isto significa que onde quer que eles apresentem a verdade, seja perante uma congregação pública ou de casa em casa, devem apresentá-la como se encontra revelada na Palavra de Deus. -- Manuscrito 15, 1909. BS 78 1 Não devemos esperar que as almas venham a nós -- Não devemos esperar que as almas venham a nós: precisamos procurá-las onde estiverem. Quando a palavra é pregada do púlpito, o trabalho apenas começou. Há multidões que nunca serão alcançadas pelo evangelho se ele não lhes for levado. -- Parábolas de Jesus, 229. BS 78 2 Trabalhai de casa em casa, não negligenciando os pobres, que são em geral passados por alto. Cristo disse: "Pelo que Me ungiu para evangelizar aos pobres", e nós devemos ir e fazer o mesmo. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1895. BS 78 3 "Estou perdido! E não me advertistes!" -- Ide aos lares mesmo daqueles que não manifestam nenhum interesse. Enquanto a doce voz de misericórdia convide o pecador, trabalhai com toda a energia do coração e do cérebro, como fez Paulo, que não cessava de advertir "a cada um dia e noite, com lágrimas". No dia de Deus, quantos nos enfrentarão e dirão: "Estou perdido! Estou perdido! E não me advertistes! Nunca me encorajastes a ir a Jesus. Houvesse eu crido como vós, e teria seguido cada alma pendente de juízo dentro do meu alcance, com orações, lágrimas e advertências." -- Idem, 24 de Junho de 1884. BS 78 4 A visitação evangelística e nossa espiritualidade -- Visitai vossos vizinhos de maneira amigável, e familiarizai-vos com eles. ... Os que não assumem esta obra, que agem com a indiferença que alguns têm manifestado, logo perderão seu primeiro amor e começarão a censurar, criticar e condenar seus próprios irmãos. -- Idem, 13 de Maio de 1902. BS 79 1 A obra não é desinteressante -- Todo que comunga com Deus encontrará abundante trabalho a ser feito por Ele. Os que saem no espírito do Mestre, procurando alcançar almas com a verdade, não acharão a obra de atrair almas a Cristo um trabalho desinteressante, sem atrativos, enfadonho. Estão encarregados de uma obra, como lavradores de Deus, e tornar-se-ão cada vez mais vitalizados ao se entregarem ao serviço de Deus. É uma obra de gozo abrir as Escrituras a outros. -- Testimonies for the Church 9:118. BS 79 2 Fazei a felicidade de outros -- Regozijai-vos em Deus. Cristo é luz, e nEle não há nenhumas trevas. Olhai para a luz. Acostumai-vos a contar os louvores de Deus. Tornai outros felizes. Este é vosso primeiro trabalho. Ele fortalecerá os melhores traços de caráter. Abri as janelas da alma francamente para o Céu, e deixai o sol da justiça de Cristo entrar. De manhã, ao meio-dia e à noite, vossos corações podem encher-se dos brilhantes raios da luz do Céu. -- The Review and Herald, 7 de Abril de 1904. BS 79 3 Reavivai o espírito de evangelismo de 1844* -- Recentemente em horas da noite minha mente foi impressionada pelo Santo Espírito com o pensamento de que se o Senhor há de vir logo como cremos, devemos ser mais ativos ainda em levar a verdade perante o povo do que o fomos nos anos passados. BS 79 4 Nesta conexão minha mente volveu às atividades dos crentes adventistas em 1843 e 1844. Havia por esse tempo muita visitação de casa em casa, e incansáveis esforços eram feitos para advertir o povo sobre o que estava escrito na Palavra de Deus. Mesmo mais esforços deviam fazer agora do que o fizeram os que proclamaram tão fielmente a mensagem do primeiro anjo. Estamos nos aproximando rapidamente do fim da história da Terra; e ao compreendermos a verdade de que Jesus indubitavelmente logo virá, nos despertaremos e trabalharemos como nunca dantes. Somos convidados a fazer soar um alarma para o povo. -- The General Conference Bulletin, 27 de Maio de 1913, p. 164. BS 80 1 Ponde em prática de novo este trabalho -- Ao irdes, como fizeram os discípulos, de lugar em lugar, contando a história do amor do Salvador, fareis amigos e vereis os frutos de vossos labores. Todo obreiro leal, humilde, amorável e fiel, será sustentado e fortalecido pelo poder do alto. Conseguirá caminho para o coração do povo ao seguir o exemplo de Cristo. Ministrar-se-á ao aflito e orar-se-á pelo enfermo. Ouvir-se-á voz de cântico e voz de oração. As Escrituras serão abertas para testificar da verdade. E com sinais que se seguirão, o Senhor confirmará a palavra falada. BS 80 2 Esta espécie de trabalho tem estado fora de moda. Seja ela de novo posta em prática. Todo o campo está branco e pronto para a ceifa. O Senhor deseja que muitos mais saiam para o campo da seara. Ele estará com os que estudam Sua Palavra e obedecem aos Seus mandamentos; com eles repartirá Sua graça. Ide em nome de Cristo, lembrando-vos de que Ele é vosso companheiro, de que cada oração, cada palavra, cada cântico, é ouvido por Ele. A mensagem da breve vinda do Senhor com poder e grande glória levará convicção a muitos corações. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1904. ------------------------Capítulo 10 -- Bondade -- a chave para os corações BS 81 1 Muitos são alcançados apenas pela bondade e amor -- Aqueles que se empenham em trabalho de casa em casa encontrarão oportunidades para servir em muitos ramos. Devem orar pelos doentes e fazer tudo que estiver ao seu alcance para os aliviar de sofrimentos. Devem trabalhar entre os humildes, os pobres e oprimidos. Devemos orar pelos desamparados que não têm força de vontade para dominar os apetites que a paixão tem degradado, e orar com eles também. Um esforço sincero e perseverante tem que ser envidado em prol da salvação daqueles em cujo coração se despertou algum interesse. Muitas pessoas só podem ser alcançadas mediante atos de desinteressada bondade. E mister socorrer primeiramente suas necessidades materiais. Ao verem evidências de nosso desinteressado amor, é-lhes mais fácil crer no amor de Cristo. -- Serviço Cristão, 113, 114. BS 81 2 Enfermeiras-missionárias são melhor qualificadas para esta obra, mas outros devem estar associados com elas. Estes, embora não especialmente educados e treinados em enfermagem, podem aprender de seus coobreiros a melhor maneira de trabalhar. BS 81 3 Palavrório, farisaísmo e auto-elogio são abundantes; mas isto jamais conquistará almas para Cristo. Amor puro, santificado, amor como o que foi expresso nas atividades da vida de Cristo, é como um sagrado perfume. Como o vaso de alabastro partido por Maria, ele enche a casa toda com fragrância. Eloqüência, conhecimento da verdade, talentos raros, misturados com amor, constituem todos eles preciosas dotações. Mas a habilidade somente, talentos somente, inda que os mais escolhidos, não podem tomar o lugar do amor. -- Testimonies for the Church 6:83, 84. BS 81 4 Com amor que brota do coração -- O amor é o fundamento da piedade. Qualquer que seja a profissão, ninguém tem verdadeiro amor a Deus se não tiver amor desinteressado ao seu irmão. Mas nunca poderemos possuir este espírito por tentar amar os outros. O que é necessário é o amor de Cristo no coração. Quando o eu está imerso em Cristo, o amor brota espontaneamente. A perfeição de caráter do cristão é alcançada quando o impulso de auxiliar e abençoar a outros brotar constantemente do íntimo -- quando a luz do Céu encher o coração e for revelada no semblante. BS 82 1 Não é possível que o coração em que Cristo habita seja destituído de amor. Se amarmos a Deus, porque primeiro nos amou, amaremos a todos por quem Cristo morreu. Não podemos entrar em contato com a divindade, sem primeiro nos aproximarmos da humanidade; porque nAquele que Se assenta no trono do Universo a divindade e a humanidade estão combinadas. Unidos com Cristo, estamos unidos com nossos semelhantes pelos áureos elos da cadeia do amor. Então a piedade e compaixão de Cristo serão manifestas em nossa vida. Não esperaremos que o necessitado e o infortunado nos sejam trazidos a nós. Não nos será necessário ceder a rogos para sentir as aflições dos outros. Ser-nos-á tão natural servir o indigente e o sofredor, como o foi para Cristo andar fazendo o bem. BS 82 2 Onde quer que haja um impulso de amor e simpatia, onde quer que o coração se comova para abençoar e amparar os outros, é revelada a operação do santo Espírito de Deus. -- Parábolas de Jesus, 384, 385. BS 82 3 O amor e simpatia de Cristo atraía o povo -- Eram rejeitados, o publicano e o pecador, os desprezados nas nações, que Cristo chamava, e por Sua amorável bondade os compelia a aproximar-se dEle. A classe que Ele nunca favorecia era a daqueles que ficavam à parte na própria estima, e olhavam os outros de alto para baixo. -- A Ciência do Bom Viver, 164. BS 83 1 Amar como Cristo amou -- O amor que é inspirado pelo amor que temos em Jesus verá em cada alma, rica ou pobre, um valor que não pode ser medido pela estimativa humana. O mundo desaparece na insignificância em comparação com o valor de uma alma. O amor que Deus revelou pelo homem está além de qualquer computação humana. É infinito. E o instrumento humano, que participa da natureza divina, amará como Cristo amou, trabalhará como Ele trabalhou. Haverá uma natural compaixão e simpatia que não falhará nem se desencorajará. Este é o espírito que deve ser animado a prevalecer em cada coração e a ser revelado em cada vida. Este amor só pode existir e ser conservado santo, refinado, puro e elevado mediante o amor na alma por Jesus Cristo, nutrido pela diária comunhão com Deus. Toda esta frieza da parte dos cristãos é uma negação da fé. Mas este espírito se derreterá diante dos brilhantes raios do amor de Cristo no seguidor de Cristo. Natural e voluntariamente ele obedecerá à injunção: "Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei a vós." -- Manuscrito 60, 1897. BS 83 2 Orar pedindo um coração de amor -- É fora de dúvida que se crermos em Cristo e fizermos Sua vontade, não nos exaltando a nós mesmos, mas andando em humildade de espírito, o Senhor estará conosco. ... Orai para que Ele vos dê um coração de carne, um coração que sinta as tristezas dos outros, que possa ser tocado com os ais humanos. Orai para que Ele vos dê um coração que vos não permita fazer ouvidos moucos para com as viúvas e os órfãos. Orai para que tenhais entranhas de misericórdia para com os pobres, os enfermos e os opressos. Orai para que possais amar a justiça e odiar o roubo, não fazendo diferenças na outorga dos vossos favores, a não ser a consideração dos casos dos necessitados e desafortunados. Então as promessas registradas em Isaías 58 serão cumpridas para convosco. -- Carta 24, 1889. BS 84 1 Inspirando esperança -- Guardai-vos sempre de vos tornardes frios, negligentes, apáticos, propensos a censurar. Não deixeis passar desaproveitada a oportunidade de dizer palavras animadoras que inspirem esperança. BS 84 2 Ao trabalhar em favor das vítimas de maus hábitos, em lugar de lhes apontar o desespero e a ruína para os quais se precipitam, fazei-os volver os olhos a Jesus. Fazei-os fixá-los nas glórias do celestial. Isso fará mais pela salvação do corpo e da alma, do que farão todos os terrores da sepultura quando postos diante dos destituídos de força e, aparentemente, de esperanças. -- A Ciência do Bom Viver, 62, 63. BS 84 3 A reprovação é negativa -- É sempre humilhante ver seus próprios erros apontados. Ninguém deveria tornar a prova mais amarga por desnecessárias censuras. Ninguém já foi conquistado por meio de repreensão; mas muitos têm sido assim alienados, sendo levados a endurecer o coração contra as convicções. Um espírito brando, uma maneira suave e cativante, pode salvar o desviado, e encobrir uma multidão de pecados. -- A Ciência do Bom Viver, 166. BS 84 4 Encorajar o amor da hospitalidade -- Ao considerardes vossos interesses eternos, despertai-vos, e começai a semear a boa semente. O que semeardes, isso mesmo ceifareis. A colheita se aproxima -- o grande tempo da ceifa, quando colheremos o que houvermos semeado. A semente semeada não falhará. A colheita é certa. Agora é o tempo de semear. Fazei esforços agora para vos tornardes ricos em boas obras, "prontos a repartir, que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida". Eu vos imploro, meus irmãos, em todo lugar, libertai-vos do gelo de vossa frieza. Encorajai em vós mesmos o amor da hospitalidade, o amor em ajudar aos que necessitam de auxílio. -- The Review and Herald, 20 de Abril de 1886. BS 85 1 Reavivar o espírito do bom samaritano -- O espírito do bom samaritano não tem sido representado com largueza em nossas igrejas. Muitos em necessidade de auxílio têm sido passados por alto, como o sacerdote e o levita passaram de largo pelo ferido e maltratado estrangeiro que tinha sido deixado à morte ao lado do caminho. Aqueles mesmos em necessidade do poder do divino Médico para curar suas feridas têm sido deixados sem cuidado e sem ser notados. Muitos têm agido como se fosse suficiente saber que Satanás montou sua armadilha para uma alma, e eles podiam voltar para casa sem cuidar da ovelha perdida. É evidente que os que manifestam tal espírito não têm sido participantes da natureza divina, mas dos atributos do inimigo de Deus. -- Testimonies for the Church 6:294, 295. BS 85 2 Simpatia tanto quanto caridade -- Tem-me sido mostrado que entre os que aceitam a verdade presente há muitos cujas disposições e caráter necessitam de conversão. Todos os que se declaram cristãos devem examinar-se a si mesmos, a fim de verificar se são tão bondosos e considerados para com seus semelhantes quanto desejam que seus semelhantes os considerem. Quando isto for feito haverá uma exibição segundo a semelhança divina. BS 85 3 O Senhor é honrado por nossos atos de misericórdia, pelo exercício de compenetrada consideração pelos desafortunados e angustiados. As viúvas e os órfãos necessitam mais que simplesmente nossa caridade. Necessitam de simpatia, cuidado, palavras de compaixão e mão ajudadora que os coloque onde possam aprender a se ajudarem a si mesmos. Toda obra feita pelos que necessitam de auxílio é como se feita a Cristo. Em nosso esforço para saber como ajudar o desafortunado, devemos estudar a maneira pela qual Cristo trabalhou. Ele não recusou trabalhar pelos que cometiam erros; Suas obras de misericórdia foram realizadas por todas as classes, quer justos quer injustos. No interesse de todos igualmente Ele curou enfermos e deu lições de instrução sempre que humildemente Lho pediram. BS 86 1 Os que afirmam crer em Cristo devem representar a Cristo em obras de bondade e misericórdia. Esses jamais saberão, até o dia do julgamento, que bem têm feito em seguir o exemplo do Salvador. -- Carta 140, 1908. BS 86 2 Bondade -- a chave para maior evangelismo -- Se nos humilhássemos perante Deus, e fôssemos bondosos e corteses e compassivos e piedosos, haveria uma centena de conversões à verdade onde agora há apenas uma. -- Testimonies for the Church 9:189. ------------------------Capítulo 11 -- Como visitar e o que fazer BS 87 1 Aproximai-vos de vossos vizinhos -- Ide aos vossos vizinhos um por um, aproximando-vos deles até que seus corações sejam aquecidos pelo vosso abnegado amor e interesse. Simpatizai com eles, orai por eles, aproveitai cada oportunidade de fazer-lhes bem, e quanto vos for possível reuni alguns e abri a suas mentes entenebrecidas a Palavra de Deus. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. BS 87 2 Ajudai onde a necessidade for maior -- Por toda a parte ao vosso redor há os que experimentam ais, que necessitam palavras de simpatia, amor e bondade, bem como de nossas orações humildes e piedosas. Alguns sofrem sob a férrea mão da pobreza, outros sob enfermidades, quebrantamentos, desalento, turbações. Como Jó, deveis ser olhos para os cegos, pés para os coxos, e deveis inquirir das causas que desconheceis e investigar com o objetivo em vista de aliviar as necessidades e ajudar exatamente onde o auxílio se fizer mais necessário. -- Testimonies for the Church 3:530. BS 87 3 Deveis primeiramente satisfazer as necessidades materiais dos necessitados, e aliviar suas necessidades e sofrimentos físicos, e depois encontrareis caminho franco ao seu coração, onde podereis plantar as boas sementes da virtude e da religião. -- Serviço Cristão, 132. BS 87 4 Maneira persuasiva de aproximar-se -- Aproximai-vos do povo de maneira persuasiva, bondosa, manifestando alegria e amor por Cristo. ... Nenhuma linguagem humana pode expressar quão preciosa é a ministração da Palavra e do Espírito Santo. Nenhuma expressão humana pode retratar para a mente finita o valor de compreender e pela fé viva receber a bênção que é concedida quando Jesus de Nazaré passa. -- Carta 60, 1903. BS 88 1 Mantende atitude apropriada para com o povo -- Delicada coisa é o trato com a mente dos homens. Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Podeis erguer-vos inflexivelmente, pensando: "Sou mais santo do que tu", e não importa quão correto seja o vosso raciocínio ou quão verdadeiras as vossas palavras; elas jamais tocarão corações. O amor de Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria. -- A Ciência do Bom Viver, 163, 164. BS 88 2 Mostrai amorável simpatia -- Necessitamos mais da simpatia natural de Cristo; não somente simpatia pelos que se nos apresentam irrepreensíveis, mas pelas pobres almas sofredoras, em luta, que são muitas vezes achadas em falta, pecando e se arrependendo, sendo tentadas e vencidas de desânimo. Devemos dirigir-nos a nossos semelhantes tocados -- como nosso misericordioso Sumo Sacerdote -- pelo sentimento de suas enfermidades. -- Idem, 164. BS 88 3 Trabalhai de maneira a remover preconceito -- Irmãos e irmãs, visitai aqueles que residem próximo de vós, e com simpatia e bondade procurai cativar-lhes o coração. Cuidai bem de trabalhar de tal maneira que desvaneçais os preconceitos, em lugar de criá-los. E lembrai-vos de que aqueles que conhecem a verdade para o momento presente, e ainda limitam seus esforços a sua própria igreja, recusando-se a trabalhar por seus vizinhos ainda não convertidos, serão chamados a prestar contas por deveres não cumpridos. -- Serviço Cristão, 115. BS 89 1 Quando puderdes entrai nos lares -- Aproximai-vos do povo; entrai nos lares quando puderdes; não espereis que o povo saia em busca do pastor. -- Carta 8, 1895. BS 89 2 Os três passos importantes no ministério de casa em casa -- O fardo agora é convencer as almas da verdade. Isto pode ser feito melhor por esforços pessoais, pelo introduzir a verdade em seus lares, orando com eles e abrindo-lhes as Escrituras. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. BS 89 3 O valor de um aperto de mão -- Muito depende da maneira em que vos aproximais daqueles a quem fazeis visita. Podeis pegar de tal maneira na mão de uma pessoa ao saudá-la, que lhe conquisteis a confiança imediatamente, ou de modo tão frio que pense que não tendes por ela interesse algum. -- Obreiros Evangélicos, 189. BS 89 4 Polidez cristã necessária -- Há suficientes pessoas que desejam ser cristãs, e se deixarmos que o fermento comece a operar, ele atingirá um, depois outro, tal como o Espírito de Deus trabalhará conosco e veremos que podemos alcançar o povo, não por habilidade nossa, mas pelo Espírito de Deus. Não obstante necessitamos da habilidade e do poder que Deus nos tem dado para ser posto em ação. Não queremos ser neófitos sempre; queremos saber como nos conduzir a nós mesmos devidamente; precisamos de polidez cristã. E precisamos levá-la conosco em todo o nosso trabalho. Não queremos que qualquer das arestas agudas que possam existir em nosso caráter se tornem preeminentes, mas desejamos trabalhar em humildade, de maneira que as esqueçamos, e melhores características se desenvolvam. Desejamos alegria em nosso trabalho. -- Manuscrito 10, 1888. BS 90 1 O poder da cortesia -- A cultura de uma cortesia uniforme, de uma disposição para fazer aos outros conforme desejaríamos que nos fizessem, extinguiria a metade dos males da vida. O espírito de engrandecimento próprio é o espírito de Satanás; mas o coração em que o amor de Cristo é acalentado, possuirá aquela caridade que não busca o seu próprio proveito. -- Patriarcas e Profetas, 128. BS 90 2 A atitude própria para com os pobres -- Não deveis assumir a atitude de quem está demonstrando condescendência ao entrar em contato com famílias pobres. Falai-lhes como sendo eles parte da humanidade, tal como vós o sois. Eles não possuem luz e alegria bastantes, e por que não lhes proporcionar luz e alegria adicionais que lhes ilumine o caminho e encha-lhes o coração? O que necessitamos é a terna simpatia de Jesus Cristo, para então podermos abrir caminho diretamente aos seus corações. Precisamos vestir-nos a nós mesmos, não com pompa, mas com simplicidade, para que sintam que somos iguais a eles, tendo considerado que eram dignos da salvação, podendo assim abrir caminho para os seus corações. BS 90 3 Ora, irmãos e irmãs, nós desejamos que seja tirada a dureza de nossa alma e de nossa maneira de trabalhar. Podemos educar obreiros em cada igreja. -- Manuscrito 10, 1888. BS 90 4 Usar de tato, como o fez Jesus -- Possuía tato para Se aproximar do espírito mais cheio de preconceitos, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. Por intermédio da imaginação, chegava-lhes à alma. -- O Desejado de Todas as Nações, 183. BS 90 5 Promover o encorajamento -- Não profirais uma palavra de desalento, pois tais palavras agradam a Satanás. Falai da bondade de Cristo e de Seu poder. Palavras de esperança, confiança e encorajamento são tão facilmente proferíveis como palavras de queixa. "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: Regozijai-vos." -- The Review and Herald, 7 de Abril de 1904. BS 91 1 Ir direto ao ponto -- Ora, quando entramos numa casa, não devemos falar de coisas frívolas, mas ir direto ao ponto e dizer: Eu gostaria que amásseis a Jesus, pois Ele vos amou primeiro. ... Levai convosco publicações e pedi-lhes que as leiam. Quando virem que sois sinceros, não desprezarão nenhum de vossos esforços. Há um caminho para alcançar os corações mais empedernidos. Aproximai-vos com simplicidade, com sinceridade e humildade que vos ajudarão a alcançar as almas daqueles por quem Cristo morreu. -- Manuscrito 10, 1888. BS 91 2 Apresentai a Cristo na intimidade do lar -- A todos quantos estão trabalhando com Cristo, desejo dizer: Sempre que vos for possível ter acesso ao povo em seu serão familiar, aproveitai a oportunidade. Tomai a Bíblia, e exponde-lhes as grandes verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e consecuções, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, e em pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-sucedida em atrair almas para Jesus, do que sermões feitos ao ar livre, às turbas em movimento, ou mesmo em salões e igrejas. -- Obreiros Evangélicos, 193. BS 91 3 Contai como achastes a Jesus -- Visitai vossos vizinhos e mostrai interesse na salvação de suas almas. Ponde em ação toda a vossa energia espiritual. Dizei àqueles a quem visitais que se acha próximo às portas, o fim de todas as coisas. O Senhor Jesus Cristo abrirá a porta do coração deles, fazendo uma duradoura impressão em seu espírito. Esforçai-vos por despertar homens e mulheres de sua insensibilidade espiritual. Dizei-lhes como encontrastes Jesus, e como tendes sido abençoados desde que vos pusestes ao Seu serviço. Contai-lhes a ventura que vos advém de sentar-vos aos pés de Jesus, aprendendo preciosas lições de Sua Palavra. Falai-lhes da alegria, do gozo que existe na vida cristã. Vossas palavras calorosas, cheias de fervor, hão de convencê-los de que encontrastes a pérola de grande preço. Que vossas palavras alegres e animadoras demonstrem que achastes com certeza a estrada melhor. Isto é trabalho missionário genuíno, e em ele sendo feito, muitos acordarão como de um sonho. -- Serviço Cristão, 124. BS 92 1 Apresentai a Cristo em seu tocante amor -- Muitas almas há que de maneira indizível anseiam por luz, por segurança e força além do que lhes tem sido possível alcançar. É preciso que sejam buscadas e que por elas se trabalhe paciente e perseverantemente. Buscai ajuda do Senhor em fervente oração. Apresentai a Jesus porque O conheceis como vosso Salvador pessoal. Permiti que o Seu tocante amor, Sua abundante graça, fluam de lábios humanos. Não precisais apresentar pontos doutrinários, a menos que sejais solicitados a isto. Mas tomai a Palavra, e com amor terno e solícito pelas almas, mostrai-lhes a preciosa justiça de Cristo, a quem vós e eles deveis ir para serdes salvos. -- Manuscrito 27, 1895. BS 92 2 Em todo o vosso trabalho deixai evidente que conheceis a Jesus. Apresentai Sua pureza e graça salvadora, de maneira que aqueles por quem trabalhais possam, pela contemplação, ser mudados na imagem divina. A corrente que desce do trono de Deus é bastante longa para alcançar as mais baixas profundezas do pecado. Erguei diante dos perdidos e desolados o Salvador que perdoa os pecados, pois fez divina intercessão em favor deles. Ele é capaz de erguê-los do abismo do pecado, para que sejam reconhecidos como filhos de Deus, herdeiros com Cristo de uma herança imortal. Eles podem ter a vida que se mede com a vida de Deus. -- The Review and Herald, 11 de Abril de 1912. BS 93 1 O poder dos cânticos religiosos -- Há necessidade dos que tenham o dom do canto. O cântico é um dos meios mais eficazes para imprimir a verdade espiritual no coração. Muitas vezes pelas palavras do cântico sacro franquearam-se as fontes de penitência e fé. Os membros da igreja, jovens e velhos, devem ser educados para que saiam a proclamar esta última mensagem ao mundo. Se forem em humildade, os anjos de Deus os acompanharão, ensinando-lhes como erguer a voz em oração, como fazê-lo em cântico, e como proclamar a mensagem do evangelho para este tempo. -- Idem, 6 de Junho de 1912. BS 93 2 Corações tocados por cânticos simples -- Aprendei a cantar os cânticos mais simples. Eles vos ajudarão no trabalho de casa em casa, e os corações serão tocados pela influência do Espírito Santo. Cristo muitas vezes era ouvido a cantar hinos de louvor; e no entanto tenho ouvido pessoas dizerem: "Cristo nunca sorria." Quão errôneas são suas idéias com respeito ao nosso Salvador. Havia júbilo em Seu coração. Aprendemos da Palavra que há regozijo entre os anjos celestiais quando um pecador se arrepende, e que o próprio Senhor Se regozija sobre Sua igreja com cântico. -- Idem, 11 de Novembro de 1902. BS 93 3 Falai com familiaridade e fazei apelos pessoais -- Esforço e interesse pessoal, individual, por vossos vizinhos e amigos, realizará mais do que se pode imaginar. É por falta desta espécie de trabalho que estão perecendo almas pelas quais Cristo morreu. ... Vossa obra pode produzir maior soma de bem real do que o fariam as mais extensas reuniões, se a estas faltar o esforço pessoal. Quando ambos estão combinados, uma obra mais perfeita e cabal pode ser levada a êxito com a bênção de Deus; mas se podemos fazer apenas uma parte, seja esta a individual tarefa de abrir as Escrituras em família, fazendo apelos pessoais, falando familiarmente com os membros da família, não sobre coisas de pouca importância, mas sobre os grandes temas da redenção. Que eles vejam estar o vosso coração preocupado pela salvação de almas. -- Idem, 13 de Março de 1888. BS 94 1 Eficácia da técnica de perguntas -- Meus irmãos do ministério, não penseis que o único trabalho que podeis fazer, a única maneira por que podeis operar em benefício de almas, seja fazer discursos. A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos. -- Obreiros Evangélicos, 193. BS 94 2 Com voz cheia de simpatia -- Expresse a voz simpatia e ternura. A voz de Cristo era plena de bondade. Mediante perseverante esforço podemos cultivar a voz, escoimando-a de toda aspereza. Oremos com fé por uma voz convertida, uma convertida língua, e por simpatia e ternura como as de Cristo, a fim de ganharmos almas para a verdade que ensinamos. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. BS 94 3 Se fecharem a porta em vossa face -- "Mas", dirá alguém, "suponhamos que eu não consiga ser admitido nos lares do povo; suponhamos que se levantem contra as verdades que apresentamos. Não nos deveremos sentir escusados de envidar novos esforços por eles?" De modo algum. Mesmo que fechem a porta em vosso rosto, não vos retireis apressadamente e indignados, não fazendo novos esforços, por salvá-los. Pedi a Deus, com fé, que vos dê acesso a essas mesmas almas. Não cesseis vossos esforços, mas estudai e planejai até que encontreis algum outro meio de atingi-los. Se não tiverdes êxito mediante visitas pessoais, experimentai-o mandando-lhes o mensageiro silencioso da Verdade. Existe no coração humano tanto orgulho de opinião, que nossas publicações muitas vezes alcançam entrada onde o mensageiro vivo não o consegue. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 150. BS 95 1 Como Cristo se aproximava do povo -- Receberemos muitas instruções para nosso trabalho, de um estudo dos métodos de trabalho de Cristo, e Sua maneira de Se aproximar do povo. Na história dos evangelhos temos o registro de como Ele trabalhava por todas as classes, e de como, ao trabalhar nas cidades e aldeias, milhares eram atraídos para junto dEle, a fim de Lhe ouvir os ensinos. As palavras do Mestre eram claras e distintas, e pronunciadas com simpatia e ternura. Levavam consigo a certeza de que ali estava a verdade. Era a simplicidade e o fervor com que Cristo trabalhava e falava, o que a tantos atraía para Ele. -- The Review and Herald, 18 de Janeiro de 1912. BS 95 2 Não formais no trabalho -- Todos quantos se empenham nesse trabalho pessoal, devem ser tão cuidadosos de não agir mecanicamente, como os próprios pastores que pregam a Palavra. Devem aprender continuamente. -- Obreiros Evangélicos, 193. BS 95 3 Delinear novos métodos -- Dirijo-me a cristãos que vivem em nossas grandes cidades: Deus vos fez depositários da Verdade, não para que a retenhais, mas para que a comuniqueis a outros. Deveis fazer visitas de casa em casa, como fiéis mordomos da graça de Cristo. Enquanto trabalhais, e delineais e planejais, novos métodos se vos apresentarão à mente a todo momento, e pelo uso as faculdades de vosso intelecto aumentarão. O cumprimento indiferente, frouxo, do dever, representa um dano à alma pela qual Cristo morreu. Se queremos encontrar as pérolas perdidas nos detritos das cidades, precisamos sair, prontos para fazer o trabalho que o Mestre de nós requer. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1895. BS 96 1 Nova vida e novos planos -- Necessitam-se homens que orem a Deus pedindo sabedoria, e que, sob a guia de Deus, introduzam nova vida nos velhos métodos de trabalho e possam imaginar novos planos e novos métodos para despertar o interesse dos membros da igreja e alcançar os homens e mulheres do mundo. -- Manuscrito 117, 1907. BS 96 2 Em poder de persuasão, oração e amor -- Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra não há de, não pode, ficar sem frutos. -- A Ciência do Bom Viver, 143, 144. ------------------------Capítulo 12 -- A eficácia da visitação evangelística BS 97 1 O lugar da visitação evangelística na terminação da obra de Deus na terra -- Como pode ser concluída a grande obra da mensagem do terceiro anjo? Em grande parte pode sê-lo mediante esforço perseverante e individual, pela visitação do povo em seus lares. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 150. BS 97 2 Um dos meios mais eficazes de se comunicar a luz é pelo trabalho particular, pessoal. No círculo familiar, no lar do vizinho, à cabeceira do doente, de uma maneira tranqüila podeis ler as Escrituras e falar sobre Jesus e a verdade. Lançareis assim preciosa semente, que germinará e produzirá fruto. -- Testimonies for the Church 6:428. BS 97 3 Recompensa de mil por um -- Despertai, irmãos e irmãs. Não tenhais receio de boas obras. Não vos canseis de fazer o bem, pois a seu tempo ceifareis, se não vos desfalecerdes. ... Encorajai em vós mesmos o amor pela hospitalidade, amor em ajudar aos que necessitam de auxílio. BS 97 4 Podeis dizer que haveis sido enganados ao conceder de vossos meios a pessoas indignas de vossa caridade, e portanto vos desanimastes em procurar ajudar aos necessitados. Eu coloco Jesus diante de vós. ... Uma alma arrancada do poder de Satanás; uma alma que haveis beneficiado; uma alma encorajada! Isto paga mil vezes todos os vossos esforços. A vós Jesus dirá: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Não devíamos alegremente tudo fazer para imitar a vida de nosso divino Senhor? -- The Review and Herald, 20 de Abril de 1886. BS 98 1 Vital para nosso próprio destino eterno -- Ocupando-vos nesta obra tendes companheiros invisíveis aos olhos humanos. Os anjos do Céu estavam ao lado do samaritano que cuidou do estrangeiro ferido. Os anjos das cortes celestes assistem a todos quantos fazem o serviço de Deus, cuidando dos semelhantes. E tendes a cooperação do próprio Cristo. Ele é o Restaurador, e se trabalhardes sob Sua superintendência, vereis grandes resultados. -- Parábolas de Jesus, 388. BS 98 2 Cristo entra nos lares com eles -- O Senhor deseja que a verdade seja levada ao povo, e isto só pode ser conseguido pelo esforço pessoal. Muito está compreendido na ordem: "Saí pelos caminhos e valados, e forçai-os a entrar, para que a minha casa se encha." Há uma obra ainda não feita neste ramo, e que deverá sê-lo. Ensinem os obreiros de Deus a verdade em famílias, aproximando-se desses por quem trabalham. Se assim cooperarem com Deus, Ele os revestirá de poder espiritual. Cristo os guiará em seu trabalho, com eles entrando nas casas do povo e dando-lhes palavras que farão profunda impressão no coração dos ouvintes. O Espírito Santo abrirá corações e mentes a fim de receberem os raios provindos da Fonte de toda luz. -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1904. BS 98 3 Levai esperança ao povo -- É impossível ao homem que crê em Cristo ver a obra que precisa ser feita e nada fazer não obstante. Diariamente devemos receber do Céu o bálsamo curador da graça de Deus para reparti-lo com os necessitados e sofredores. Os seguidores de Cristo devem conhecer os ais dos pobres e dos seus vizinhos mais de perto e procurar levar-lhes alívio. Os que têm uma vida escura e magoada são precisamente aqueles a quem devemos levar esperança, porque Cristo é o seu Salvador. Não haverá quem possa ir de casa em casa, de família em família, e repetir o A B C da verdadeira experiência cristã? -- Idem, 11 de Abril de 1912. BS 99 1 Experiência de Ellen G. White no trabalho de visitas -- Lembro-me de que, quando o poder convertedor de Deus veio sobre mim em minha meninice, eu desejava que todos igualmente alcançassem a bênção que eu havia alcançado, e não conseguia descansar enquanto não lhes houvesse falado disto. Comecei a palestrar com minhas jovens companheiras e fui aos seus lares para com elas falar de minha experiência, de quão precioso o Salvador era para mim, como eu desejava servi-Lo e quanto desejava que elas O servissem também. Assim foi-me possível falar da preciosidade de Cristo e dizer-lhes: "Não gostaríeis de ajoelhar comigo em oração?" Algumas se ajoelhavam e outras ficavam assentadas em suas cadeiras, mas antes de desistirmos todas estavam de joelhos e podíamos orar juntas por horas, até que a última dissesse: "Creio que Jesus perdoou os meus pecados." Algumas vezes o Sol nascia antes que abandonássemos a luta. Há um grande poder em Jesus. -- Manuscrito 10, 1888. BS 99 2 Por que muitos não obtêm sucesso -- A razão de tantos não alcançarem êxito é confiarem demais em si mesmos e não sentirem a positiva necessidade de estar em Cristo, ao saírem para buscar e salvar o perdido. Enquanto não tiverem o Espírito de Cristo e ensinarem a verdade como esta é em Jesus, não realizarão muito. ... BS 99 3 Tão frígida é a atmosfera da igreja, de tal espécie é seu espírito, que homens e mulheres não podem manter ou suportar o exemplo de piedade primitiva e, oriunda do Céu. O calor de seu primeiro amor está gelado, e a menos que sejam regados pelo batismo do Espírito Santo, seu castiçal será removido de seu lugar, a menos que se arrependam e pratiquem as primeiras obras. As primeiras obras da igreja foram vistas quando os crentes procuraram os amigos, parentes e conhecidos e com coração transbordando de amor contaram a história do que Jesus era para eles, e do que eles eram para Jesus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 167, 168. BS 100 1 Sois uma carta; entregai-a! -- O apóstolo Paulo diz aos discípulos de Jesus: "É manifesto que vós sois a carta de Cristo", "conhecida e lida por todos os homens." Em cada um de Seus filhos Jesus envia uma carta ao mundo. Se sois seguidores de Cristo, Ele manda por vosso intermédio uma carta à família, à cidade, à rua em que residis. Habitando em vós, Jesus deseja falar ao coração dos que não se acham relacionados com Ele. Talvez não leiam a Bíblia, ou não escutem a voz que lhes fala de suas páginas; não vêem o amor de Deus manifestado em Suas obras. Se sois, porém, um fiel representante de Jesus, talvez por meio de vós sejam induzidos a compreender algo de Sua bondade, sendo atraídos a amá-Lo e servi-Lo. -- Caminho a Cristo, 119. BS 100 2 A literatura que deixamos nos lares produzirá frutos -- Calçados "os pés na preparação do evangelho da paz", estareis preparados para ir de casa em casa levando a verdade ao povo. Sentireis algumas vezes ser muito probante realizar obra desta espécie; mas se sairdes em fé, o Senhor irá adiante de vós, e Sua luz iluminará o vosso caminho. Ao entrar nos lares de vossos vizinhos para vender ou dar nossa literatura, e em humildade ensinar-lhes a verdade, sereis acompanhados pela luz do Céu. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. BS 101 1 Deus logo fará por nós grandes coisas, se humildes e crentes nos prostrarmos a Seus pés. ... Mais de mil serão logo convertidos num dia, a maioria dos quais atribuirão suas primeiras convicções à leitura de nossas publicações. -- Idem, 10 de Novembro de 1885. BS 101 2 O melhor meio de alcançar as almas -- À sombra mesmo das casas de Deus há multidões de pecadores sem Deus, sem conhecimento da verdade, sem esperança. ... Em cada cidade, em cada ajuntamento em que os cristãos se congregam para adorar a Deus, há homens, mulheres e crianças a serem recolhidos no aprisco. Muitos jamais ouvem uma preleção sobre a Palavra de Deus. Quem tomará sobre si o fardo pelas almas? Quem aprenderá do grande Mestre que a melhor maneira de alcançar as almas é o apelo direto, pessoal, ao que está em erro, ao que está morto em ofensas e pecados, para que contemple o seu Redentor crucificado, suspenso, e viva? Cristãos, deixai que vosso coração se encha de simpatia e amor pelos que não conhecem a verdade. -- Manuscrito 81, 1900. BS 101 3 Situações adaptadas a nossos talentos -- Se os ensinadores de Sua Palavra se mostrarem voluntários, o Senhor os levará a relação mais íntima com o povo. Ele os introduzirá nos lares dos que necessitam e desejam a verdade, colocando-os em situação mais apropriada a seus talentos. -- Carta 95, 1896. BS 101 4 Talentos de todos necessários -- O Senhor tem um lugar para cada um em Seu grande plano. Talentos não necessários não são concedidos. A cada homem Deus dá talentos que devem ser desenvolvidos de acordo com as diferentes habilidades por Ele concedidas. Caso o talento seja pequeno, Deus tem um lugar para ele; e esse talento, se usado, fará precisamente a obra para que Deus o destinou. Os talentos do humilde suburbano são necessários para o trabalho de casa em casa e podem fazer mais nesta obra do que brilhantes dons. E aquele que usa retamente seu único talento será tão verdadeiramente recompensado como o que usa cinco talentos. É por trabalharem segundo a capacidade dada que Deus recompensa os Seus servos. -- Carta 41, 1899. BS 102 1 Como encontrar tempo para visitar os vizinhos -- Se os jovens, moços e moças, se consagrassem solenemente a Deus, se praticassem a abnegação na vida do lar, aliviando suas mães cansadas e carregadas de cuidados, que mudanças teriam lugar em nossas igrejas! A mãe encontraria tempo para visitar os lares dos vizinhos. Oferecendo-se oportunidade, os filhos poderiam mostrar-se úteis realizando, quando ainda novos, pequenas tarefas de misericórdia e amor, que seriam uma bênção para outros. Assim milhares de lares de pobres e necessitados poderiam ser visitados. Livros relacionados com saúde e temperança poderiam ser postos em muitos lares. A disseminação desses livros é um trabalho importante, pois eles contêm preciosos conhecimentos sobre o tratamento de enfermidades -- conhecimentos que seriam uma grande bênção aos que não podem pagar as visitas do médico. -- Manuscrito 119, 1901. BS 102 2 "Não espereis que se vos indique o vosso dever" -- Não espereis que se vos diga vosso dever. Abri os olhos, e vede os que estão ao redor de vós; relacionai-vos com os desamparados, aflitos e necessitados. Não vos escondais deles, e não busqueis fechar a porta a suas necessidades. Quem apresenta as provas mencionadas em Tiago, de possuir religião pura, imaculada de egoísmo ou corrupção? -- Testimonies for the Church 2:29. BS 103 1 O trabalho gera disposição -- Meus irmãos e minhas irmãs, quereis romper o encanto que vos prende? Quereis despertar dessa indolência que se assemelha ao torpor da morte? Ide trabalhar, quer vos sintais dispostos a isto, quer não. Empenhai-vos em esforço pessoal para levar almas a Jesus e ao conhecimento da verdade. Em tal trabalho, encontrareis tanto um estímulo como um tônico; ele a um tempo despertará e fortalecerá. Mediante exercício, vossas faculdades espirituais se tornarão mais vigorosas, de modo que podereis, com mais êxito, operar vossa própria salvação. O torpor da morte apoderou-se de muitos professos cristãos. Fazei todo esforço para despertá-los. Adverti, rogai, arrazoai. Orai para que o enternecedor amor de Deus aqueça e abrande suas naturezas tomadas de gelidez. Se bem que se recusem a ouvir, não será debalde o vosso labor. No esforço de beneficiar a outros, beneficiar-se-á a vossa própria alma. -- Testemunhos Selectos 2:128, 129. BS 103 2 Levai convosco a atmosfera do céu -- Visitando os enfermos, confortando os pobres e os aflitos por amor de Cristo, estareis levando aos obreiros os brilhantes raios do Sol da Justiça, e o próprio rosto expressará a paz que reside na alma. As faces de homens e mulheres que falam com Deus, para os quais o mundo invisível é uma realidade, exprimem a paz de Deus. Levam consigo a suave e confortante atmosfera do Céu, e difundem-na em obras de bondade e de amor. Sua influência é de molde a ganhar almas para Cristo. Se todos pudessem ver e compreender e ser praticantes das obras de Deus, que paz, que felicidade, que saúde do corpo e paz de alma resultariam! Uma cálida, compassiva atmosfera, a piedosa ternura de Cristo na alma não podem ser avaliadas. O preço do amor está acima de ouro, prata e pedras preciosas, e torna os instrumentos humanos semelhantes Àquele que viveu não para satisfazer-Se a Si próprio. -- Carta 43, 1895. BS 104 1 "Centenas e milhares eram vistos visitando as famílias" -- Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecoste. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844. -- Testemunhos Selectos 3:345. ------------------------Capítulo 13 -- Organizando a igreja para a beneficência cristã BS 105 1 O propósito de Deus na organização da igreja -- A igreja de Cristo na Terra foi organizada para fins missionários, e o Senhor deseja ver a igreja toda ideando meios e planos pelos quais grandes e pequenos, ricos e pobres, possam ouvir a mensagem da verdade. -- Testimonies for the Church 6:29. BS 105 2 Unir-se na prática da caridade -- Onde quer que a verdade tenha sido proclamada e o povo despertado e convertido, os crentes devem sem demora unir-se na prática da caridade. Onde quer que a verdade da Bíblia tenha sido apresentada, deve ter início a obra de piedade prática. Onde quer que a verdade tenha sido estabelecida, deve fazer-se obra missionária em favor dos desajudados e sofredores. -- Idem, págs. 84, 85. BS 105 3 Chamado para homens que possam liderar -- A menos que haja os que estudem meios de aproveitar o tempo, a força e o cérebro dos membros da igreja, grande trabalho que devia ser feito ficará por fazer. O trabalho feito negligentemente não é a resposta. Necessitamos na igreja de homens que tenham habilidade para desenvolver-se no setor de organização e provisão de trabalho prático a jovens, homens e mulheres, no campo da libertação das necessidades da humanidade e na atividade pela salvação das almas de homens, mulheres, jovens e crianças. -- Carta 12, 1892. BS 105 4 Como uma escola de preparo -- Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos inconversos. Deve haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxílio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes. Que os mestres vão à frente no trabalho entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão em seu exemplo. Um exemplo vale mais que muitos preceitos. -- A Ciência do Bom Viver, 149. BS 106 1 Preparando nossa juventude para trabalho prático -- O Mestre por excelência coopera com todos os esforços feitos para aliviar a humanidade sofredora. Ensinai os estudantes a fazer aplicação prática das lições que têm recebido. Ao testemunharem os ais humanos e a extrema pobreza dos que estão procurando auxiliar, serão movidos à compaixão. Seu coração será abrandado e subjugado pelos profundos e santos princípios revelados na Palavra de Deus. O grande Médico coopera com cada esforço feito em favor da humanidade sofredora, no sentido de dar saúde ao corpo e luz e restauração à alma. ... Precisamos ver agora o que se pode fazer para educar os estudantes na obra missionária prática. -- Manuscrito 70, 1898. BS 106 2 Ensinai obra missionária prática -- Mas em oportunidades tais como as de nossas assembléias anuais, é-nos preciso não perder de vista as oportunidades deparadas para ensinar os crentes a fazerem trabalho missionário prático onde vivem. Em muitos casos, nessas assembléias, convirá atribuir a certos homens escolhidos a responsabilidade de ministrarem o ensino no tocante a certos ramos de atividade educacional. Ensinem uns a dar estudos bíblicos e a dirigir reuniões em casas de família. Outros podem ter a seu cargo ensinar as pessoas a pôr em prática os princípios de saúde e temperança, e a maneira de tratar os doentes. Outros, ainda, poderão promover o interesse de nossa obra de revistas e livros. -- Testemunhos Selectos 3:323, 324. BS 107 1 Formai grupos de obreiros -- A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união, apegando-se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente para avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxílio dos outros. -- Testemunhos Selectos 3:84. BS 107 2 Grupos bem organizados em cada igreja -- Haja em cada igreja grupos bem organizados de obreiros para trabalhar nas vizinhanças da igreja. Lançai o eu para trás de vós, e deixai que Cristo vá na frente como vossa vida e poder. Deixai que esta obra se introduza sem delonga, e a verdade será como fermento na Terra. Quando tais forças forem postas a operar em todas as nossas igrejas, haverá um poder renovador, reformador, vitalizante nas igrejas, porque os membros estão fazendo exatamente o trabalho que Deus lhes determinou fazer. Sejam todas as nossas igrejas ativas, zelosas, animadas de entusiasmo pelo Espírito e poder de Deus. É o uso inteligente dos meios, da capacidade, das faculdades dados a vós por Deus, consagrados a Seu serviço o que contará nas comunidades onde puderdes trabalhar. Pode ser que tenhais de fazer um começo muito pequeno em alguns lugares; mas não vos desanimeis; a obra crescerá, e estareis fazendo o trabalho de um evangelista. Considerai a maneira de Cristo trabalhar, e apegai-vos ao trabalho como Ele fez. -- The Review and Herald, 29 de Setembro de 1891. BS 108 1 Trabalhar sob algum nome -- Em todo o trabalho de Deus pelo homem, Seus desígnios são que este coopere com Ele. Para isto, o Senhor roga à igreja que tenha maior piedade, mais justo senso de dever, mais clara compreensão de suas obrigações para com seu Criador. Roga-lhes que sejam um povo puro, santificado, ativo. E a obra de auxílio cristão é um dos meios de operar isto, pois o Espírito comunica com todos os que estão fazendo o serviço de Deus. ... Eu quero dizer: Continuai a trabalhar com tato e habilidade. Despertai vossos companheiros para trabalhar sob algum nome com o qual se organizem para cooperar em ação harmônica. Aliciai os rapazes e as moças das igrejas para trabalhar. -- Testemunhos Selectos 2:504. BS 108 2 Organizar e preparar os jovens para o trabalho final -- Há muitos setores onde os jovens podem encontrar oportunidade para esforço útil. Ao se organizarem em grupos para serviço cristão, sua cooperação se provará uma assistência e encorajamento. ... BS 108 3 Nesta finalizadora obra do evangelho há um vasto campo a ser ocupado; e, mais que em qualquer outro tempo, a obra deve aliciar auxiliares dentre o povo comum. Tanto jovens como os de mais idade serão chamados do campo, das vinhas, das oficinas, e enviados pelo Mestre a fim de que dêem Sua mensagem. Muitos desses podem ter tido pouca oportunidade para instrução, mas Cristo vê neles qualificações que os capacitarão a preencher o Seu propósito. Se eles puserem o coração na obra e continuarem como quem aprende, Ele os capacitará a trabalhar para Ele. BS 109 1 Com o preparo que podem obter, milhares e milhares de jovens e dos mais avançados em anos devem entregar-se ao trabalho. Muitos corações estão respondendo já ao chamado do Obreiro Mestre, e seu número aumentará. BS 109 2 Todos os que se empenham no ministério constituem mão ajudadora de Deus. Não há setor de trabalho em que seja possível à juventude receber maior benefício. Eles são coobreiros dos anjos; ou melhor, são instrumentalidades humanas por cujo intermédio os anjos cumprem sua missão. Os anjos falam pela voz deles e por suas mãos trabalham. E os obreiros humanos, cooperando com os instrumentos celestiais, gozam o benefício de sua educação e experiência. Como meio de educação, que "curso universitário" pode igualar-se a isto? Com um exército de obreiros como o que pode fornecer nossa juventude quando devidamente preparada, quão depressa a mensagem do Salvador crucificado, ressurgido e prestes a vir poderia ser levada ao mundo! -- The Youth's Instructor, 3 de Março de 1908. BS 109 3 Grande obra a ser feita por homens agora ausentes do trabalho -- Não é propósito de Deus que se deixe aos pastores a maior parte da obra de semear as sementes da verdade. Homens não chamados para o ministério evangélico devem ser animados a trabalhar para o Mestre segundo suas diferentes habilidades. Centenas de homens e mulheres agora ausentes do trabalho podem fazer trabalho aceitável. Podem fazer grande obra para o Mestre introduzindo a verdade nos lares de seus amigos e vizinhos. Deus não faz exceção de pessoas. Ele usará cristãos devotados e humildes que tenham o amor da verdade no coração. Empenhem-se no serviço por Ele fazendo o trabalho de visitação de casa em casa. Sentando-se na intimidade do lar, esses homens -- se humildes, discretos e piedosos -- podem fazer mais para enfrentar as reais necessidades das famílias do que o pastor. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1902. BS 110 1 O melhor auxílio que os pastores podem dar -- A melhor ajuda que os pastores podem prestar aos membros de nossas igrejas não consiste em pregar-lhes sermões, mas em planejar trabalho para que o façam. Dai a cada um algo para fazer em prol de outros. ... Se posto a trabalhar, o desanimado logo esquecerá o seu desânimo; o fraco ficará forte; o ignorante, inteligente; e todos aprenderão a apresentar a verdade tal qual é em Jesus. -- Testemunhos Selectos 3:323. BS 110 2 Cada um que é acrescentado às fileiras pela conversão deve ter o seu posto de dever designado. Cada um deve estar desejoso de ser algo ou de algo fazer neste trabalho. -- Testimonies for the Church 7:30. BS 110 3 Necessária a cooperação de todos -- Tem havido tanta pregação em nossas igrejas que estas quase deixaram de apreciar o ministério evangélico. É chegado o tempo em que esta ordem de coisas deve ser mudada. Que o ministro convoque os membros da igreja individualmente para ajudá-lo mediante o trabalho de casa em casa a levar a verdade às regiões distantes. Que todos cooperem com as inteligências celestiais em comunicar a verdade a outros. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1895. BS 110 4 Todos unidos para terminar a obra -- Os que têm a supervisão espiritual da igreja devem idear projetos e meios pelos quais se possa dar oportunidade a cada membro da igreja de desempenhar alguma parte na obra de Deus. Não raro deixou de ser isto feito no passado. Não têm sido claramente estabelecidos e levados avante planos pelos quais os talentos de todos pudessem ser empregados em serviço ativo. Poucos há que compreendem quanto se tem perdido por causa disto. BS 111 1 Os dirigentes da causa de Deus, como sábios generais, devem delinear planos para fazer movimentos de avanço ao longo de toda a linha. Em seus planos devem dar estudo dar estudo especial à obra que pode ser feita pelos membros leigos em favor de seus amigos e vizinhos. A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja. -- Obreiros Evangélicos, 351, 352. BS 111 2 Cristo pode ser representado em toda profissão legítima -- Todos devem ser ensinados a trabalhar. Principalmente os que são recém-convertidos à fé devem ser ensinados a tornarem-se coobreiros de Deus. Se este dever for negligenciado, a obra do pastor fica incompleta. BS 111 3 Mas Deus não deseja que Seu povo descanse o seu peso sobre os pastores. Como mordomos da graça de Deus, cada membro da igreja deve sentir a responsabilidade individual de ter vida e raiz próprias. Todos os que são ordenados para a vida de Cristo são ordenados para trabalhar pela salvação de seus semelhantes. Aquele que ama a Deus sobre todas as coisas e ao seu próximo como a si mesmo não pode se sentir contente em não fazer nada. BS 111 4 Vivessem a verdade os que professam crer na verdade e todos seriam missionários. Alguns estariam trabalhando nas ilhas do mar, outros em diferentes países do mundo. Alguns estariam servindo a Cristo como missionários em sua própria terra. Nem todos são chamados para trabalhar fora. Alguns podem ser bem-sucedidos no ramo dos negócios, e neste setor podem representar a Cristo. Podem mostrar ao mundo que os negócios podem ser dirigidos dentro dos princípios de justiça, em estrita fidelidade à verdade. Pode haver cristãos advogados, cristãos médicos, cristãos mercadores. Cristo poder ser representado em toda profissão legítima. -- Manuscrito 19, 1900. BS 112 1 Exemplo de uma igreja fiel -- Na manhã do dia 10 de Novembro de 1900, sábado, entramos na igreja de São Francisco, e encontramo-la lotada até o máximo de sua capacidade. Ao estar diante do povo pensei no sonho e na instrução que me haviam sido dados muitos anos atrás, e senti-me encorajada. Olhando o povo congregado, compreendi que podia dizer: "O Senhor cumpriu Sua palavra." BS 112 2 Durante os últimos poucos anos a "colmeia"* em São Francisco tem sido sem dúvida uma colmeia muito ocupada. Muitos setores do trabalho cristão têm sido desenvolvidos por nossos irmãos e irmãs. Neles se incluem a visitação aos enfermos e desamparados, fundação de lares para órfãos e a obra em favor dos desempregados, o cuidado dos doentes, o ensinamento da verdade de casa em casa, distribuição de literatura e a promoção de classes sobre vida saudável e o cuidado dos enfermos. Uma escola para crianças é dirigida no porão da casa de culto da Rua Laguna. Durante algum tempo foi mantido um lar para trabalhadores e uma missão médica. Na Rua do Mercado, próximo ao teatro municipal, havia salas de tratamento que funcionavam como sucursais do Sanatório Santa Helena. No mesmo local havia um armazém de alimentos saudáveis. Próximo ao centro da cidade, não distante do edifício Call, era dirigido um restaurante vegetariano, o qual funcionava seis dias na semana e ficava inteiramente fechado aos sábados. Ao longo do ancoradouro realizava-se trabalho missionário a bordo. Em várias oportunidades nossos pastores dirigiram reuniões em grandes salões na cidade. Assim a mensagem de advertência foi dada a muitos. -- The Review and Herald, 5 de Julho de 1906. BS 112 3 Para isto é a igreja organizada -- Alguém deve cumprir a comissão de Cristo; alguém terá de levar avante a obra que Ele começou a fazer na Terra; à igreja foi dado este privilégio. Para isto ela foi organizada. Por que, então, não têm os membros da igreja assumido esta responsabilidade? Há os que têm visto esta grande negligência; eles têm visto as necessidades de muitos que estão em sofrimento e penúria; têm reconhecido nestas pobres almas aqueles por quem Cristo deu a Sua vida, e seu coração tem sido movido de piedade, levando à ação cada faculdade. Tomaram a si a obra de organizar aqueles que irão cooperar com eles em levar a verdade do evangelho perante muitos que estão agora no vício e em iniqüidade, a fim de serem redimidos de uma vida de dissipação e pecado. -- Testimonies for the Church 6:295. BS 113 1 Aqueles que se têm empenhado nessa obra de auxílio cristão, têm estado a fazer aquilo que o Senhor deseja que se faça, e Ele tem aceitado seus labores. O que se tem feito nesse sentido é um trabalho com o qual todo adventista do sétimo dia deve de coração simpatizar, e ao qual deve prestar seu apoio, nele empenhando-se zelosamente. -- Serviço Cristão, 187. ------------------------Capítulo 14 -- Nos passos do mestre BS 117 1 O ministério médico de Cristo como modelo -- Por três anos os discípulos tiveram perante si o maravilhoso exemplo de Cristo. Dia a dia andaram e falaram com Ele, ouvindo Suas palavras de ânimo para o fraco e carregado de fardos e vendo as manifestações de Seu poder em favor dos doentes e aflitos. Quando chegou o momento em que devia deixá-los, deu-lhes Ele o poder de trabalhar como Ele trabalhou. Favoreceu-os com Sua graça, dizendo: "De graça recebestes, de graça dai." Eles deviam ir ao mundo para derramar a luz do Seu evangelho de amor e cura. A obra que Ele havia feito deviam eles fazer. BS 117 2 E esta é a obra que também nós devemos realizar no mundo. Em simpatia e compaixão devemos ministrar aos que estão em necessidade de auxílio, procurando com fervente altruísmo aliviar as dores da humanidade sofredora. Empenhando-nos nesta obra seremos grandemente abençoados. Sua influência é irresistível. Por ela almas são conquistadas para o Redentor. A promoção prática da comissão dada pelo Salvador demonstra o poder do evangelho. Esta obra reclama laborioso esforço, mas é compensadora, visto que por ela almas a perecer são salvas. Por intermédio de sua influência homens e mulheres de talento devem ser levados à cruz de Cristo. BS 117 3 O homem tem um corpo e também uma alma para salvar. Ambos devem ser restaurados à saúde pelos métodos simples mas eficazes de Deus, os quais apelam a homens e mulheres de inteligência. Mediante fé na verdade almas são despertadas para a necessidade de preparo para os deveres da vida. Sendo restaurada a saúde do corpo, as faculdades da mente são liberadas para alcançar as grandes verdades do evangelho. -- Carta 152, 1901. BS 118 1 Primeiro as necessidades temporais -- Podemos encontrar entre os nossos vizinhos, sofredores e desafortunados de todas as classes, e quando suas necessidades são trazidas ao nosso conhecimento, é nossa obrigação aliviá-las em tudo que for possível. Seria bom que cada seguidor de Cristo aprendesse a lição apresentada na parábola (do bom samaritano). Devemos em primeiro lugar satisfazer as necessidades materiais do indivíduo e aliviar-lhe as necessidades e sofrimentos físicos e então encontraremos uma avenida aberta ao coração, onde poderemos plantar as boas sementes da virtude e religião. -- Testimonies for the Church 4:226, 227. BS 118 2 Um mundo para salvar -- Lembrai-vos de que há um mundo para ser salvo. Devemos desempenhar nossa parte, permanecendo ao lado de Cristo como Seus colaboradores. Ele é a cabeça; nós somos Sua mão ajudadora. É Seu intento que nós, pela prática de trabalho médico-missionário, assumamos os pesados fardos deixando livres os opressos. Não fechemos os olhos à miséria ao nosso redor nem os ouvidos aos clamores de angústia que ascendem continuamente. Cristo é o maior missionário que o mundo já conheceu. Ele veio para alevantar e dar alegria aos tristes e atribulados, e nesta obra devemos cooperar com Ele. -- Manuscrito 31, 1901. BS 118 3 Buscai os passos de Cristo nas choças da pobreza -- Muitos pensam que seria grande privilégio visitar os cenários da vida de Cristo na Terra, andar pelos lugares por Ele trilhados, contemplar o lago à margem do qual gostava de ensinar, as montanhas e vales em que Seus olhos tantas vezes pousaram. Mas não necessitamos ir a Nazaré, a Cafarnaum ou a Betânia para andar nos passos de Jesus. Encontraremos Suas pegadas ao pé do leito dos doentes, nas choças da pobreza, nos apinhados becos das grandes cidades e em qualquer lugar onde há corações humanos necessitados de consolação. Fazendo como Jesus fazia quando na Terra, andaremos em Seus passos. -- O Desejado de Todas as Nações, 640. BS 119 1 O evangelho de libertação do sofrimento -- A obra médico-missionária leva à humanidade o evangelho de libertação do sofrimento. É a obra pioneira do evangelho. É o evangelho praticado, a compaixão de Cristo revelada. Desta obra há grande necessidade, e o mundo está aberto para ela. Permita Deus que a importância da obra médico-missionária seja compreendida e os novos campos possam ser imediatamente penetrados. -- Manuscrito 55, 1901. BS 119 2 Começai em vossa própria vizinhança -- A obra médico-missionária abrirá muitas portas diante do verdadeiro reformador. Ninguém precisa esperar até que seja chamado para um campo distante a fim de começar a ajudar a outros. Onde quer que estiverdes, podeis começar desde logo. As oportunidades estão ao alcance de todos. Assumi a obra para a qual fostes feitos responsáveis, a obra que deve ser feita em vosso lar e em vossa vizinhança. Não espereis que outros vos estimulem à ação. Prossegui sem demora no temor de Deus, tendo em mente vossa responsabilidade individual para com Aquele que deu a vida por vós. Agi como se ouvísseis Cristo vos convocando pessoalmente para fazerdes o máximo em Seu serviço. Não fiqueis a olhar para ver quem por sua vez está pronto. Se sois verdadeiramente consagrados, por meio de vossa instrumentalidade Deus levará à verdade outros a quem Ele possa usar como instrumentos para derramar luz sobre muitos que estão tateando nas trevas. BS 120 1 Todos podem fazer alguma coisa. Num esforço por escusarem-se, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, vossos filhos devem ser vossa mão auxiliadora, aumentando vossa capacidade e habilidade para trabalhardes para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e alma Lhe pertencem. Devem ser instruídos para ajudar em vários ramos de serviço abnegado. -- Testemunhos Selectos 3:103. BS 120 2 Todos devem fazer o melhor -- O Senhor deseja que cada obreiro faça o melhor. Os que não tiveram instrução especial numa de nossas instituições médicas podem pensar que só lhes é possível fazer muito pouco; mas, meus queridos coobreiros, lembrai-vos de que na parábola dos talentos Cristo não representou todos os servos como havendo recebido a mesma soma. A um servo foram dados cinco talentos; a outro, dois; e ainda a outro, um. Se possuís apenas um talento, usai-o sabiamente, aumentando-o mediante sua entrega aos banqueiros. Alguns não podem fazer tanto como outros, mas cada um deve fazer tudo que pode para conter a onda de enfermidades e aflição que está varrendo o mundo. Vinde em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os grandes poderes das trevas. Deus deseja que cada um de Seus filhos tenha inteligência e conhecimento, de maneira que com indefectível clareza e poder Sua glória seja revelada em nosso mundo. -- The Review and Herald, 9 de Junho de 1904. BS 120 3 Colaboradores de Deus -- Um nobre aspecto da obra de Deus é revelado nas palavras "médico-missionário". Ser um médico-missionário significa ser um colaborador de Deus. A obra médico-missionária, obra que deve ser um grande auxílio e força para a Causa, deve ser promovida com todo cuidado e sabedoria. Nesta obra não deve ser entretecido nem um só fio que prejudique o belo padrão que Deus deseja seja produzido. -- Manuscrito 139, 1902. BS 121 1 Proclamando a verdade aos enfermos e aos sãos -- O ministério evangélico é uma organização para a proclamação da verdade aos enfermos e aos sãos. Ele combina a obra médico-missionária e o ministério da Palavra. Mediante essas instrumentalidades combinadas dá-se oportunidade de comunicar luz e apresentar o evangelho a todas as classes e a todas as categorias da sociedade. Deus deseja que os pastores e os membros da igreja manifestem um interesse ativo e decidido na obra médico-missionária. BS 121 2 Buscar o povo exatamente onde ele estiver, seja qual for a sua posição ou condição, e ajudá-lo de todo modo possível -- eis o ministério evangélico. Os que estão doentes do corpo quase sempre estão também doentes da mente, e quando a alma está enferma o corpo também é afetado. -- Testimonies for the Church 6:300, 301. BS 121 3 O capítulo 58 de Isaías contém a verdade presente para o povo de Deus. Nele vemos como a obra médico-missionária e o ministério evangélico devem estar unidos ao ser dada a mensagem ao mundo. Sobre os que guardam o sábado do Senhor é imposta a responsabilidade de realizar uma obra de misericórdia e beneficência. A obra médico-missionária deve estar unida à mensagem e selada com o selo de Deus. -- Manuscrito 22, 1901. BS 121 4 Norte, sul, leste, oeste -- Por que não se tem compreendido da Palavra de Deus que a obra que se faz no setor médico-missionário é um cumprimento da passagem: "Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Depois lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa"? BS 122 1 Esta é uma obra que as igrejas em cada localidade -- norte, sul, leste e oeste -- devem fazer. Às igrejas tem-se dado a oportunidade de responder a esta obra. Por que não a têm feito? Alguém precisa atender a esta tarefa. BS 122 2 Uma obra que deve ser feita tem sido posta de lado. Os que se têm empenhado na obra médico-missionária têm estado a fazer exatamente aquela espécie de trabalho que o Senhor deseja seja feita. ... BS 122 3 Oh! quanto, quanto mesmo, está por fazer, e no entanto quantos que podiam usar, de maneira correta, os talentos que Deus lhes deu quase nada estão fazendo além de cuidar de si próprios, a si próprios beneficiarem! Mas a mão do Senhor ainda está estendida, e se eles desejarem trabalhar hoje em Sua vinha, Ele aceitará o seu serviço. -- Manuscrito 18, 1897. BS 122 4 Manter o equilíbrio -- A obra médico-missionária deve ser promovida pela igreja em esforços bem organizados. Deve ela ser para a causa de Deus o que é a mão direita para o corpo. Mas a obra médico-missionária não deve assumir a importância indevida. Deve ser feita sem se negligenciar outros ramos da obra. -- Carta 139, 1898. BS 122 5 O trabalho da mão direita -- A mão direita é usada para abrir portas pelas quais o corpo pode passar. Esta é a parte que deve desempenhar a obra médico-missionária. Deve ela preparar em grande medida o caminho para a recepção da verdade para este tempo. Um corpo sem mãos é inútil. Honrando-se o corpo, deve honrar-se também as mãos ajudadoras, que são instrumentos de tal importância que sem elas o corpo nada pode fazer. Portanto o corpo que trata com indiferença a mão direita, recusando o seu auxílio, não está em condições de fazer coisa alguma. -- Manuscrito 55, 1901. BS 123 1 Parte de um grande todo -- A obra médico-missionária sempre devia ter estado presente na obra de reforma. Mas jamais deve ela tornar-se um meio de separação entre os obreiros em seu ministério. Cristo uniu esses dois ramos em todo o Seu trabalho. A obra médico-missionária é parte do grande todo, como o braço é parte do corpo. Mas o braço não deve dizer à cabeça: Não preciso de ti. O corpo tem necessidade da cabeça decididamente, e dos braços, para fazer trabalho ativo e eficiente. O corpo não deve tornar-se braço. Cada membro tem sua obra própria para realizar. -- Manuscrito 105, 1899. BS 123 2 A oração do médico-missionário -- Pastores e professores devem trabalhar inteligentemente em seus respectivos ramos, instruindo os membros da igreja sobre como trabalhar nas atividades médico-missionárias. Quando os que professam seguir a Cristo tiverem a presença do Salvador em seu íntimo, serão achados fazendo como Cristo fez. Não terão a oportunidade de se enferrujarem pela inação. Terão bastante que fazer. E o trabalho que fizerem sob os auspícios da igreja será seu melhor meio de comunicar luz. BS 123 3 O homem que estiver trabalhando segundo o plano de Deus orará assim: "Que se conheça neste dia por meio de meu trabalho pela humanidade sofredora que há Deus em Israel, e que eu sou Teu servo. Que se veja que eu estou trabalhando, não segundo os meus próprios impulsos e sabedoria, mas de acordo com a Tua Palavra." BS 124 1 Quando o homem assume esta atitude, e sente que está executando o plano de Deus, e que por seu intermédio Deus está executando o Seu plano, esse homem está na posse do divino poder, o qual não conhece derrota. Todo o poder adversário não vale mais que a palha da eira. -- Manuscrito 115, 1899. BS 124 2 Levará vida às igrejas -- Aos meus irmãos de ministério eu diria: Prossegui nesta obra com tato e habilidade. Ponde os moços e moças de nossas igrejas a trabalhar. Combinai a obra médico-missionária com a proclamação da terceira mensagem angélica. Fazei esforços regulares e organizados para erguer as igrejas de sua condição mortal a que têm caído e em que têm permanecido por anos. Introduzi nas igrejas obreiros que estabelecerão os princípios da reforma de saúde em sua conexão com a terceira mensagem angélica perante cada família e cada indivíduo. Encorajai a todos a tomar parte na obra pelo seu próximo, e vede se o fôlego de vida não retornará depressa a essas igrejas. -- Carta 54, 1898. ------------------------Capítulo 15 -- Ministério médico nos lares BS 125 1 A porta de entrada para os lares -- A obra médico-missionária é a obra pioneira do evangelho, a porta pela qual a verdade para este tempo encontra entrada em muitos lares. O povo de Deus deve ser um povo genuinamente médico-missionário, pois deve aprender a ministrar às necessidades tanto da alma como do corpo. O mais puro altruísmo deve ser mostrado por nossos obreiros quando, usando o conhecimento e a experiência obtidos pelo trabalho prático, saem para administrar tratamento aos enfermos. Ao irem de casa em casa encontrarão acesso a muitos corações. Serão alcançados muitos que de outra forma jamais teriam ouvido a mensagem do evangelho. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1914. BS 125 2 Cristo guiará neste ministério -- Se vos achegais a Cristo, levando Seu jugo, diariamente aprendereis dEle como levar mensagens de paz e conforto aos aflitos e desanimados, tristes e contritos. Podeis indicar aos desanimados a Palavra de Deus e apresentar os doentes ao Senhor em oração. Ao orardes, falai a Cristo como faríeis a um fidedigno e muito amado amigo. Mantende uma doce, franca e agradável dignidade, como um filho de Deus. Isto será reconhecido. -- Testemunhos Selectos 2:542, 543. BS 125 3 O ministério de médicos e enfermeiros imitadores de Cristo -- Oxalá todos os aflitos pudessem receber ministração de médicos e enfermeiros imitadores de Cristo, os quais poderiam ajudá-los a depor seus corpos cansados e sofridos sob os cuidados do grande Médico, dEle esperando com fé a restauração. BS 126 1 Todo verdadeiro cristão submete-se a Jesus como o verdadeiro médico de almas. Quando Ele Se coloca ao lado do leito dos aflitos, há muitos não apenas convertidos, mas curados. Se mediante judiciosa ministração o paciente é levado a entregar sua alma a Cristo e a levar os seus pensamentos cativos à obediência à vontade de Deus, grande vitória é alcançada. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1912. BS 126 2 Enfermagem missionária no lar -- O Senhor deseja que homens e mulheres sábios ajam como enfermeiros para confortar e ajudar os enfermos e sofredores. ... Há muitos ramos da obra a serem promovidos pelos enfermeiros-missionários. Há oportunidades para que enfermeiros bem preparados vão às famílias e procurem despertar interesse na verdade. Em cada comunidade quase, há grande número dos que não assistem a qualquer cerimônia religiosa. Se se quer alcançá-los com o evangelho, este deve ser levado a seus lares. Muitas vezes é a libertação de suas necessidades físicas o único caminho pelo qual se pode deles aproximar. Ao cuidarem dos enfermos e aliviarem as angústias dos pobres, os enfermeiros-missionários encontrarão muitas oportunidades de orar com eles, de ler-lhes a Palavra de Deus, de falar-lhes do Salvador. Há os desesperançados que não têm força de vontade para controlar os apetites e as paixões que os têm degradado, e com estes e por estes podem orar. Podem levar um raio de esperança à vida dos derrotados e descoroçoados. Seu amor altruísta, manifestado nos atos de desinteressada bondade, ajudará esses sofredores a crer no amor de Cristo. -- Ibidem. BS 126 3 Ensinai o povo como manter-se bem -- A obra médico-missionária apresenta muitas oportunidades para serviço. A intemperança no comer e a ignorância das leis da natureza estão sendo responsáveis por muitas das enfermidades que há e que estão roubando a Deus a glória que Lhe é devida. ... Ensinai o povo que é melhor saber como manter-se bem do que saber curar as enfermidades. Devemos ser sábios educadores, advertindo a todos contra a condescendência própria. Ao vermos o infortúnio, deformidade e enfermidades que têm sobrevindo ao mundo como resultado da ignorância, como podemos escusar-nos de fazer nossa parte para esclarecer os ignorantes e aliviar os sofredores? -- Idem, 6 de Junho de 1912. BS 127 1 Os princípios simples com que todos devem estar familiarizados -- O povo de Deus deve ser genuinamente médico-missionário. Deve aprender a ministrar às necessidades da alma e do corpo. Deve saber como ministrar tratamentos simples que fazem tanto em aliviar dores e remover enfermidades. Deve estar familiarizado com os princípios da reforma de saúde, a fim de que possam mostrar a outros como, mediante hábitos corretos no comer, beber e vestir, podem as enfermidades ser evitadas e reconquistada a saúde. Uma demonstração do valor dos princípios da reforma de saúde muito fará para remover preconceito contra nossa obra evangélica. O grande Médico, o originador da obra médico-missionária, abençoará cada um que vá humilde e confiantemente, procurando distribuir a verdade para este tempo. -- Idem, 5 de Maio de 1904. BS 127 2 Essencial uma reforma permanente -- Reforma, reforma contínua, deve ser mantida perante o povo, e por nosso exemplo devemos dar força aos nossos ensinos. A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar para a salvação de homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade de libertar-se de condescendências pecaminosas, que destroem a saúde, aviltam a alma e impedem que a verdade divina impressione a mente. Homens e mulheres devem ser ensinados a examinar cuidadosamente cada hábito e prática, e de uma vez por todas afastar tudo que, produzindo uma condição insalubre do corpo, lança sobre a mente uma escura sombra. -- Idem, 12 de Novembro de 1901. BS 128 1 Ensinai os princípios da cozinha saudável -- Em virtude de terem as avenidas da alma sido fechadas pelo tirânico preconceito, muitos são ignorantes do viver saudável. Bom serviço se pode prestar ao povo ensinando-o a preparar alimentos saudáveis. Este ramo da obra é tão essencial como qualquer outro que possa ser mantido. Devem ser estabelecidas mais escolas de arte culinária, e algumas pessoas deveriam trabalhar de casa em casa, instruindo na arte de preparar alimentos saudáveis. Muitos, muitos serão libertados da degenerescência física, mental e moral, graças à influência da reforma de saúde. Esses princípios se recomendarão por si mesmos aos que estão em busca de luz, e esses partirão daí para a plena aceitação da verdade para este tempo. BS 128 2 É desejo de Deus que Seu povo receba para distribuir. Como testemunhas equitativas, altruístas, devem dar a outros o que o Senhor lhes tem dado a eles. E ao entrardes nesta obra e utilizardes todo e qualquer meio que estiver ao vosso alcance para atingir os corações, assegurai-vos de que estais trabalhando de molde a remover preconceitos em vez de criá-los. Tornai a vida de Cristo vosso constante estudo, e trabalhai como Ele o fez, seguindo o Seu exemplo. -- Idem, 6 de Junho de 1912. BS 128 3 Necessitamos de educação genuína na arte de cozinhar. ... Formai classes, onde possais ensinar o povo como fazer pão de boa qualidade e como reunir ingredientes que signifiquem boa combinação de alimentos saudáveis de cereais e hortaliças. -- Manuscrito 150, 1905. BS 128 4 Segui um procedimento que induza reforma -- Muitas das opiniões mantidas pelos adventistas do sétimo dia diferem sobremaneira daquelas sustentadas pelo mundo em geral. Os que advogam uma verdade impopular devem, mais que quaisquer outros, buscar ser consistentes em sua própria vida. Não devem procurar ver como podem ser diferentes dos outros, mas quão próximo podem chegar dos que é do seu desejo influenciar, de maneira que possam ajudá-los a chegar àquelas posições que eles próprios tão altamente louvam. Tal conduta recomendará as verdades que sustentam. BS 129 1 Os que advogam uma reforma na dieta devem, pela provisão que fazem em suas próprias mesas, apresentar as vantagens da reforma de saúde na melhor luz. Devem assim exemplificar os seus princípios de modo a recomendá-los ao juízo de mentes sinceras. ... BS 129 2 Quando os que advogam a reforma de saúde levam o assunto a extremos, não devem culpar o povo se este se mostrar contrariado. Demasiadas vezes é nossa fé religiosa levada assim ao descrédito, e em muitos casos os que testemunham tais demonstrações de inconsistência nunca mais podem ser levados a pensar que haja qualquer coisa boa na reforma. Esses extremistas produzem em poucos meses mais dano do que o que poderiam desfazer em toda a sua vida. Estão empenhados numa obra que Satanás deseja que prossiga. ... Idéias estreitas e superestimação de pequenos pontos têm constituído em grande mal para a causa da reforma de saúde. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 55-57. BS 129 3 Pontos de vista pessoais não devem ser impostos -- Os que não têm senão parcial compreensão dos princípios da reforma, são muitas vezes os mais rígidos, não somente em viver segundo suas próprias idéias, como em insistir nas mesmas para com a família e os vizinhos. O efeito dessas erradas reformas, tal como se manifesta em sua má saúde, e o esforço de incutir nos demais a todo transe seus pontos de vista, dão muitas idéias falsas da reforma dietética, levando outros a rejeitá-la inteiramente. BS 129 4 Os que entendem as leis da saúde e são governados por princípios, fugirão dos extremos, tanto da condescendência como da restrição. Sua alimentação é escolhida, não meramente para agradar ao apetite, mas para avigoramento do organismo. Procuram conservar todas as faculdades nas melhores condições para o mais elevado serviço a Deus e aos homens. O apetite acha-se sob o controle da razão e da consciência, e são recompensados com a saúde física e mental. Conquanto não insistam de modo impertinente em seus pontos de vista para os outros, seu exemplo é um testemunho em favor dos corretos princípios. Estas pessoas exercem vasta influência para o bem. BS 130 1 Há verdadeiro senso comum na reforma do regime. O assunto deve ser larga e profundamente estudado, e ninguém deve criticar outros porque não estejam, em todas as coisas, agindo em harmonia com seu ponto de vista. É impossível estabelecer uma regra fixa para regular os hábitos de cada um, e ninguém se deve considerar critério para todos. Nem todos podem comer as mesmas coisas. Comidas apetecíveis e sãs para uma pessoa, podem ser desagradáveis e mesmo nocivas para outra. Alguns não podem usar leite, ao passo que outros tiram bom proveito dele. Pessoas há que não conseguem digerir ervilhas e feijão; para outros, eles são saudáveis. Para uns as preparações de cereais integrais são boas, enquanto outros não as podem ingerir. -- A Ciência do Bom Viver, 319, 320. BS 130 2 Luz para a salvação do mundo -- Os que atuam como professores devem ser inteligentes em referência a enfermidades e suas causas, compreendendo que cada ação do agente humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz que Deus tem dado sobre a reforma de saúde é para a nossa salvação e a salvação do mundo. Homens e mulheres devem ser informados a respeito do corpo humano preparado por nosso Criador como Seu lugar de habitação, a respeito do qual deseja Ele que sejamos fiéis mordomos. "Porque nós somos santuário do Deus vivente, como Ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo." -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901. BS 131 1 Reaviva a confiança -- Muitos não têm fé em Deus e perderam a confiança no homem, mas apreciam atos de simpatia e prestatividade. Ao verem uma pessoa chegar ao seu lar sem nenhum incentivo material ou compensação, a fim de ministrar aos enfermos, alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os tristes, bondosamente conduzindo-os Àquele de cujo amor e piedade o obreiro humano é apenas o mensageiro -- ao verem isto, o seu coração é tocado. Brota a gratidão, a fé é reanimada. Vêem que Deus cuida deles, e ao ser aberta a Sua Palavra estão preparados para ouvir. -- Idem, 9 de Maio de 1912. BS 131 2 Muitos salvos da degradação -- Tem-me sido mostrado que a obra médico-missionária descobrirá, nas profundezas mesmo da degradação, homens que uma vez possuíram mente refinada, as mais ricas qualificações, e que pelo trabalho adequado serão libertos de sua caída condição. É a verdade como se encontra em Jesus que deve ser levada perante as mentes humanas depois de haverem sido cuidadas com simpatia e satisfeitas suas necessidades materiais. O Espírito Santo está operando e cooperando com as instrumentalidades humanas que estão trabalhando por essas almas, e alguns apreciarão o fundamento sobre uma rocha para sua fé religiosa. Não deve haver qualquer comunicação alarmante de doutrina estranha a esses súditos a quem Deus ama e dos quais Se apiada; mas ao serem ajudados fisicamente pelos obreiros médico-missionários, o Espírito Santo coopera com o ministério de instrumentos humanos para despertar as faculdades morais. As faculdades mentais são levadas à atividade, e essas pobres almas, muitas delas, serão salvas no reino de Deus. BS 132 1 Coisa alguma pode, nem poderá jamais, tão bem caracterizar a obra na apresentação da verdade para ajudar o povo precisamente onde ele estiver, como a obra do Samaritano. Um trabalho convenientemente conduzido para salvar os pobres pecadores que têm sido negligenciados pelas igrejas, será uma cunha pela qual a verdade encontrará terreno sólido. Uma diferente ordem de coisas precisa ser estabelecida entre nós como um povo, e ao ser feita esta espécie de trabalho, ter-se-á criado uma atmosfera inteiramente diferente em torno das almas dos obreiros; pois o Espírito Santo Se comunicará a todos os que estão fazendo trabalho para Deus, e os que são dirigidos pelo Espírito Santo serão um poder a serviço de Deus no erguer, fortalecer e salvar as almas que estão prestes a perecer. -- Special Testimonies, Série A, 11:32. BS 132 2 Zelo e perseverança -- Pudesse eu despertar nosso povo para esforço cristão, pudesse eu levá-lo a empenhar-se em obra médico-missionária com santo zelo e divina perseverança, não em poucos lugares, mas em cada lugar, dedicando esforço pessoal em favor dos que estão fora do aprisco, e quão grata haveria de sentir-me! Isto é verdadeira obra missionária. Em alguns lugares ela está sendo conduzida com pouco sucesso evidentemente; mas uma vez mais o Senhor abre o caminho, e assinalado sucesso assiste o esforço. São ditas palavras que são como pregos fixados no lugar certo. Anjos do Céu cooperam com os seres humanos, e pecadores são ganhos para o Salvador. -- Carta 43, 1903. BS 132 3 Homens e mulheres santos e devotos -- Pessoas santas e devotas, tanto homens como mulheres, são necessários agora a irem como médicos-missionários. Cultivem eles suas faculdades físicas e mentais e sua piedade até o máximo. Todo esforço deve ser feito para enviar ao campo obreiros inteligentes. A mesma graça que veio de Jesus Cristo a Paulo e a Apolo, que os levou a se distinguirem por suas excelentes qualidades espirituais, pode ser recebida agora, e porá em ordem de operação a muitos missionários devotados. -- Special Testimonies Relating to Medical Missionary Work, 8. BS 133 1 Não espereis -- Precisa-se agora de obreiros missionários evangelistas-médicos. Não podeis dedicar anos ao vosso preparo. Logo, as portas que agora estão abertas haverão de fechar-se para sempre. Proclamai a mensagem agora. Não espereis, dando com isso oportunidade a que o inimigo se aposse do campo que está agora ao vosso alcance. Grupos pequenos devem ir fazer o trabalho de que Cristo incumbiu os Seus discípulos. Trabalhem como evangelistas, disseminando a nossa literatura, e falando da verdade às pessoas que encontrem. Orem pelos doentes, provendo-lhes as necessidades, não com drogas, mas com remédios naturais, ensinando-lhes a recuperar a saúde e evitar a doença. -- Testemunhos Selectos 3:371.* ------------------------Capítulo 16 -- Preparando-se para as crises e calamidades dos últimos dias BS 134 1 As condições dos últimos dias impelem-nos ao preparo -- Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. BS 134 2 As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. BS 134 3 As condições do mundo mostram que estão iminentes tempos angustiosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrência freqüente. As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassínios. Homens possuídos de demônios tiram a vida a homens, mulheres e crianças. Os homens têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie de mal. -- Testemunhos Selectos 3:280. BS 134 4 Algo decisivo está para ocorrer -- A atualidade é uma época de absorvente interesse para todos os que vivem. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm fixa a sua atenção nos fatos que se desenrolam em redor de nós. Acham-se a observar as relações tensas e inquietas que existem entre as nações. Observam a intensidade que está tomando posse de todo o elemento terrestre, e reconhecem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, ou seja, que o mundo se encontra à beira de uma crise estupenda. BS 135 1 Anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação vindoura; mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever. -- Educação, 179. BS 135 2 É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da Natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo. -- Profetas e Reis, 277. BS 135 3 Grandes cidades serão varridas -- A obra que há muito devia estar em ativa operação para ganhar almas para Cristo não tem sido feita. Os habitantes de cidades ímpias a serem muito breve visitadas por calamidades têm sido cruelmente negligenciados. Aproxima-se o tempo em que grandes cidades serão varridas, e todos devem ser advertidos desses juízos por vir. Mas quem está dando para a consecução desta obra o integral serviço que Deus requer?... BS 136 1 Atualmente nem uma milésima parte do trabalho a ser feito nas cidades o está sendo, e isso seria feito se homens e mulheres cumprissem o seu inteiro dever. -- Manuscrito 53, 1910. BS 136 2 Oh! quem dera tivesse o povo de Deus o senso da iminente destruição de milhares de cidades, agora quase entregues à idolatria! -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. BS 136 3 Calamidades iminentes -- Não faz muito tempo uma cena muito impressionante passou perante mim. Vi uma enorme bola de fogo caindo entre algumas belas mansões, ocasionando sua imediata destruição. Ouvi alguém dizer: "Sabíamos que os juízos de Deus estavam para sobrevir à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros diziam: "Vós sabíeis? Por que então não nos dissestes? Nós não sabíamos." De todos os lados ouvi pronunciarem-se tais palavras. ... BS 136 4 Logo sérios conflitos surgirão entre as nações -- conflitos que não cessarão até que Jesus venha. Como nunca dantes, precisamos unir-nos, servindo Aquele que preparou o Seu trono no Céu e cujo reino domina sobre todos. Deus não abandonou o Seu povo, e nossa força consiste em não abandoná-Lo. BS 136 5 Os juízos de Deus estão na Terra. As guerras e rumores de guerra, as destruições pelo fogo e inundações, dizem claramente que o tempo de angústia, que aumentará até o fim, está às portas. Não temos tempo a perder. O mundo está insuflado pelo espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel já alcançaram quase o seu final cumprimento. -- Idem, 24 de Novembro de 1904. BS 136 6 Indescritível -- Na última sexta-feira de manhã, antes de acordar, apresentou-se-me uma cena muito impressionante. Pareceu-me despertar do sono, mas eu não estava em meu lar. Das janelas eu podia contemplar uma terrível conflagração. Grandes bolas de fogo estavam caindo sobre as casas, e dessas bolas setas flamejantes voavam em todas as direções. Era impossível dominar os fogos que se acendiam, e muitos lugares estavam sendo destruídos. O terror do povo era indescritível. Depois de algum tempo despertei e encontrei-me em meu lar. -- Carta 278, 1906. BS 137 1 Preparar-se enquanto há uma oportunidade -- Ao subverter a agressão religiosa as liberdades de nossa nação, os que ficarem ao lado da liberdade de consciência serão postos numa posição desfavorável. No seu próprio interesse devem eles, enquanto têm oportunidade, tornar-se entendidos sobre enfermidades, suas causas, prevenção e cura. E os que assim procederem encontrarão um campo de trabalho em qualquer parte. Haverá sofredores, quantidades deles, que necessitarão ajuda, não apenas entre os de nossa própria fé, mas em grande proporção entre os que não conhecem a verdade. -- The Medical Missionary, Novembro-Dezembro de 1892. BS 137 2 Prontos para oferecer imediata assistência -- Pobreza e sofrimento nas famílias virão ao nosso conhecimento, e os aflitos e sofredores terão de ser aliviados. Pouco sabemos do sofrimento humano existente por toda parte ao nosso redor, mas ao termos oportunidade devemos estar prontos para oferecer imediata assistência aos que estão sob dura opressão. -- Manuscrito 25, 1894. BS 137 3 Mão ajudadora de Deus na amenização do sofrimento -- A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. -- Obreiros Evangélicos, 348. BS 138 1 Cada membro deve assumir a obra médico-missionária -- Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra missionário-médica. O mundo é um hospital repleto de enfermidades, tanto físicas como espirituais. Por toda parte morrem pessoas à míngua de conhecimentos das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. -- Testemunhos Selectos 3:102. BS 138 2 Porta de entrada para as grandes cidades -- Doravante a obra médico-missionária deve ser conduzida com um fervor como jamais o foi. Esta obra é a porta pela qual a verdade deve penetrar nas grandes cidades. -- Testimonies for the Church 9:167. BS 138 3 Cada cidade deve ser penetrada por obreiros preparados para fazer obra médico-missionária. -- Idem, 7:59. BS 138 4 Em cada grande cidade deve haver corpos de obreiros bem organizados e bem disciplinados; não meramente um ou dois, mas quantidades deles devem ser postas a trabalhar. -- Carta 34, 1892. BS 138 5 Uma parte do trabalho de cada igreja -- A obra médico-missionária devia ter o seu representante em cada lugar em conexão com o estabelecimento de nossas igrejas. -- Manuscrito 88, 1902. BS 138 6 Em cada cidade onde temos uma igreja há necessidade de um lugar onde se possam fazer tratamentos. Apenas em poucos dos lares de nossos membros há lugar com as condições para o cuidado apropriado dos enfermos. Deve prover-se um lugar onde se possa tratar enfermidades comuns. O edifício pode ser deselegante e até rústico, mas deve ser provido com as condições que permitam tratamentos simples. -- Testimonies for the Church 6:113. BS 139 1 A obra médico-missionária deve fazer parte do trabalho de toda igreja em nossa Terra. Desligada da igreja, ela se tornaria em breve uma estranha miscelânea de desorganizados átomos. Consumiria, mas não produziria. Em vez de servir de mão auxiliadora de Deus para promover-Lhe a verdade, sugaria a vida e a força da igreja, e enfraqueceria a mensagem. Conduzida independentemente, não somente consumiria talento e meios necessários em outros ramos, como no próprio trabalho de ajudar os desamparados independentemente do ministério da Palavra, colocaria os homens em situação de zombarem de uma verdade bíblica. -- Testemunhos Selectos 2:527. BS 139 2 O ministério médico-missionário na crise final -- Meu coração se entristece quando olho para nossas igrejas, as quais deviam estar unidas de alma e coração na prática do trabalho médico-missionário. ... Desejo dizer-vos que logo não haverá outra obra no setor ministerial senão a obra médico-missionária. A obra de um ministro é ministrar. Nossos ministros devem trabalhar no plano evangélico da ministração. BS 139 3 Jamais sereis ministros segundo a ordem evangélica enquanto não mostrardes decidido interesse no trabalho médico-missionário, o evangelho de cura, de bênção e fortalecimento. Levantai-vos em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra as potestades das trevas, para que se não diga de vós: "Amaldiçoai a Meroz,... duramente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram em socorro do Senhor." Juízes 5:23. -- The General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901. ------------------------Capítulo 17 -- Mulheres chamadas para o trabalho BS 143 0 Havia em Jope uma discípula, por nome Tabita, nome este que traduzido quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia. Atos 9:36. BS 143 1 O movimento de Dorcas na atualidade -- Devia haver sem dúvida um número maior de mulheres empenhadas na tarefa de ministrar à humanidade sofredora, reerguendo-a e educando-a agora para que creia -- simplesmente para que creia -- em Jesus Cristo nosso Salvador. E ao darem-se as almas ao Senhor Jesus, fazendo uma entrega completa, compreenderão a doutrina. ... BS 143 2 Pesa-me que nossas irmãs na América não estão em maior número fazendo a obra que podiam fazer pelo Senhor Jesus. Permanecendo em Cristo, receberiam coragem e força e fé para o trabalho. Muitas mulheres gostam de falar. Por que não podem falar as palavras de Cristo às almas que perecem? Quanto mais intimamente relacionados com Cristo, mais o coração apreende o infortúnio das almas que não conhecem a Deus e que não sentem a desonra que estão fazendo a Cristo que as comprou por preço. BS 143 3 Quando as mulheres crentes sentirem o fardo das almas, e o fardo de pecados que não são seus, estarão trabalhando como Cristo trabalhou. Nenhum sacrifício considerarão demasiado grande para salvar almas para Cristo. E qualquer que tiver este amor pelas almas é nascido de Deus; estarão prontos para seguir em Seus passos, e suas palavras e voz serão talentos empregados no serviço do Mestre; o próprio nutrimento vindo da fonte paterna para suas próprias almas fluirá em diferentes canais de amor para as almas que estão ressequidas e murchas. BS 144 1 Nesta obra há uma constante educação. O desejo de ser uma bênção descobre a fraqueza e ineficiência do obreiro. Isto impele a alma para Deus em oração, e o Senhor Jesus concede luz e Seu Espírito Santo, e eles compreendem que é Cristo que abranda e quebranta o coração endurecido. -- Carta 133, 1898. BS 144 2 Valor da organização -- A obra que estais fazendo* para levar nossas irmãs a sentirem sua responsabilidade individual para com Deus é uma obra boa e necessária. Ela tem sido por muito tempo negligenciada. Mas quando esta obra é assentada em linhas claras, simples e definidas, podemos esperar que os deveres do lar, em lugar de serem negligenciados, serão cumpridos com mais inteligência. O Senhor apreciaria que sempre fizéssemos sentir o valor da alma humana àqueles que não compreendem o seu valor. BS 144 3 Se podemos fazer arranjos de modo que se tenham grupos organizados e instruídos inteligentemente com respeito à parte que devem desempenhar como servos do Mestre, nossas igrejas terão uma vida e vitalidade de que necessitam há muito tempo. A excelência da alma que Cristo salvou será apreciada. Nossas irmãs em geral têm um programa trabalhoso com suas famílias em crescimento e suas inapreciadas provas. Tenho suspirado bastante por mulheres que poderiam ser educadas para ajudarem nossas irmãs a se erguerem de seu desencorajamento e sentirem que podem fazer trabalho para o Senhor. Isto significa levar raios de luz para dentro de suas próprias vidas, e que se refletirão no coração de outros. Deus vos abençoará e a todos que convosco se unirem nesta grande obra. -- Carta 54, 1899. BS 145 1 O Senhor tem uma obra para mulheres -- O Senhor tem uma obra para mulheres, bem como para homens. Elas podem ocupar os seus lugares em Sua obra nesta crise, e Ele obrará por intermédio delas. Se estiverem imbuídas com o senso do dever, e trabalharem sob a influência do Espírito Santo, terão a exata presença de espírito requerida para este tempo. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz de Sua face, e lhes dará poder que excede o dos homens. Elas podem fazer em famílias uma obra que os homens não podem fazer, obra que alcança o íntimo da vida. Podem aproximar-se do coração daqueles a quem os homens não podem alcançar. Seu trabalho é necessário. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1902. BS 145 2 As mulheres têm um elevado destino -- Irmãos, podemos fazer um nobre trabalho para Deus se quisermos. As mulheres não conhecem o seu poder. Deus não deseja que suas faculdades sejam todas absorvidas em perguntar: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? Há para a mulher um propósito mais alto, um mais elevado destino. Ela deve desenvolver e cultivar suas faculdades, pois Deus pode utilizá-las na grande obra de salvar as almas da eterna ruína. -- Testimonies for the Church 4:642. BS 145 3 Podemos dizer com segurança que a dignidade e importância da missão e deveres característicos da mulher são de caráter mais santo e mais sublime que os deveres do homem. ... Que as mulheres compreendam a santidade de sua obra e, na força e temor de Deus, assumam a sua missão. -- Idem, 3:565. BS 145 4 Se pudermos imprimir na mente de nossas irmãs a idéia do bem que está em seu poder fazerem mediante o Senhor Jesus Cristo, veremos uma tarefa maior realizada. -- Carta 119, 1898. BS 146 1 Mulheres chamadas para ser mensageiras de misericórdia -- Necessitamos muito de mulheres consagradas que, como mensageiras de misericórdia, visitem as mães e os filhos em seus lares e os ajudem nos deveres diários da família, se necessário, antes de começarem a falar-lhes sobre a verdade para este tempo. Descobrireis que por este método tereis almas como resultado de vosso ministério. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1906. BS 146 2 Por que estais ociosos? -- O Senhor da vinha está dizendo a muitas mulheres que nada fazem agora: "Por que estais" ociosas? Elas podem ser instrumentos de justiça, prestando santo serviço. Foi Maria quem primeiro pregou um Jesus ressurreto; e a influência refinada e suavizante de mulheres cristãs é necessária na grande obra de pregação da verdade agora. Se houvesse vinte mulheres onde agora só há uma, que pudessem fazer da salvação de almas sua estimada tarefa, veríamos muito mais conversos à verdade. Zelosa e continuada diligência na causa de Deus fariam inteiro sucesso, e as assombraria com o seu resultado. A obra deve ser completada mediante paciência e perseverança, e nisto se manifesta a real devoção a Deus. Ele reclama atos, e não apenas palavras. BS 146 3 A obra de Deus é digna dos nossos melhores esforços. ... Estamos muitas vezes tão envolvidos em nosso próprio interesse egoísta que nosso coração não tem a possibilidade de dedicar-se às necessidades e carências da humanidade; estamos em falta quanto a obras de simpatia e beneficência, em ministério santo e social aos necessitados, opressos e sofredores. -- The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. BS 146 4 A obra a ser feita -- Inação e sutil ociosidade está enfraquecendo as forças vivas de nossas jovens. Há as que desperdiçam horas de precioso tempo na cama, o que não constitui uma bênção para elas com incremento de forças nem é utilizado no aliviar outros de seus fardos, mas traz sobre elas debilidade e confirma-as em hábitos errôneos. Essas horas de indolência desnecessariamente passadas na cama jamais serão recuperadas. O pecado do tempo assim perdido é marcado no livro de registros. BS 147 1 Há muito que fazer neste nosso atarefado mundo. Há bastantes na grande família de Deus que necessitam de simpatia e ajuda. Se nosso próprio trabalho não reclama nosso tempo, há enfermos a serem visitados, pobres a serem ajudados e encorajados. -- The Health Reformer, Junho de 1873. BS 147 2 Um lugar especial para mulheres na obra -- Há um vasto campo no qual nossas irmãs podem fazer um bom serviço para o Mestre nos diferentes setores da obra relacionados com Sua causa. Por intermédio do trabalho missionário podem elas alcançar uma classe que nossos pastores não o podem. ... Há trabalho negligenciado ou incompleto que podia ser inteiramente completado pelo auxílio que essas irmãs podem dar. Há tanta espécie de trabalho demasiado laborioso para mulheres, a que nossos irmãos são chamados a empenhar-se, que muitos setores do trabalho missionário são negligenciados. Há tanta coisa relacionada com diferentes igrejas deixada por fazer que as mulheres, se devidamente instruídas, poderiam atender. Nossas irmãs podem servir como secretárias de igrejas, de maneira que os negócios da igreja não ficassem tão tristemente abandonados. Há muitos outros cargos relacionados com a causa de Deus para cujo desempenho nossas irmãs estão melhor qualificadas que nossos irmãos, e nesses postos elas poderiam fazer um eficiente trabalho. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1878. BS 147 3 Correspondência missionária -- Podem as mulheres fazer um bom trabalho no campo missionário, escrevendo cartas a amigos, descobrindo assim os seus verdadeiros sentimentos em relação à causa de Deus. Muitos itens valiosos são trazidos à luz por este meio. Os obreiros não devem procurar a exaltação própria, mas apresentar a verdade em sua simplicidade, sempre que a oportunidade se apresente. -- The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. BS 148 1 Deus reclama nosso tempo e nosso dinheiro -- Não temos o direito, minhas irmãs cristãs, de gastar o nosso tempo, e dar o exemplo a outras que são menos capazes que nós, de gastar seu tempo e energias com ornamentos desnecessários, com vestuário ou mobiliário, ou de se mostrarem indulgentes em alimentos supérfluos. Temos deveres religiosos a cumprir, e se negligenciarmos esses deveres, dedicando nosso tempo a coisas desnecessárias, definharemos no intelecto e separaremos nossas afeições de Deus. O Autor de nossa existência tem direitos sobre nosso tempo e nosso dinheiro. Ele tem ao nosso redor pobres e sofredores que o dinheiro pode aliviar e que palavras de animação e coragem podem abençoar. Cristo Se identifica com as necessidades da humanidade sofredora. Se negligenciais visitar a viúva e os órfãos provados na fornalha da aflição, sofrendo necessidades e privações, não estais percebendo que Cristo assinala o fato contra vós no livro de registros, como se a Ele houvésseis negligenciado. -- The Health Reformer, Junho de 1873. BS 148 2 Empenhai-vos em evangelismo pessoal -- Uma direta necessidade está sendo enfrentada pelo trabalho de mulheres que se têm dado ao Senhor e se têm dedicado a ajudar um povo necessitado, ferido pelo pecado. Deve fazer-se trabalho evangelístico pessoal. As mulheres que se têm entregue a esta obra levam o evangelho aos lares do povo nos caminhos e valados. Elas lêem e explicam a Palavra a famílias, orando com elas, cuidando dos enfermos e aliviando suas necessidades temporais. -- Testimonies for the Church 6:118. ------------------------Capítulo 18 -- Mulheres qualificadas para o serviço BS 149 1 A espécie de mulheres chamadas para serviço -- Deus chama como obreiras mulheres fervorosas, que sejam prudentes, animosas, ternas e leais ao princípio. Chama mulheres perseverantes que desejem desviar a mente do próprio eu e de suas conveniências pessoais e se centralizem em Cristo. ... Levantar-se-ão nossas irmãs para a emergência? Trabalharão para o Mestre? -- Testimonies for the Church 6:118. BS 149 2 Aprendendo na escola de Cristo -- O Senhor tem uma obra para ser feita por mulheres tanto quanto por homens. Elas podem realizar uma boa obra para Deus, se primeiro aprenderem na escola de Cristo as preciosas e importantíssimas lições de mansidão. Elas precisam não somente levar o nome de Cristo, mas possuir o Seu Espírito. Devem andar exatamente como Ele andou, purificando suas almas de tudo que polua. Então serão capazes de beneficiar a outros pela apresentação da plena suficiência de Jesus. -- Manuscrito 119, 1907. BS 149 3 Com firme princípio e decidido caráter -- Mulheres de firme princípio e decidido caráter são necessárias, mulheres que crêem estarmos sem dúvida vivendo nos últimos dias, e que temos a última solene mensagem de advertência para ser dada ao mundo. Devem sentir que estão empenhadas numa importante obra ao espalharem os raios de luz que o Céu tem derramado sobre elas. Quando o amor de Deus e de Sua verdade é um princípio permanente, elas não permitirão que coisa alguma lhes impeçam o cumprimento do dever ou as desencorajem em seu trabalho. Temerão a Deus e não se deixarão desviar de suas atividades em Sua causa pela tentação de situações lucrativas e atraentes perspectivas. Preservarão sua integridade a todo o custo. São essas pessoas que representarão corretamente a religião de Cristo, cujas palavras serão ditas oportunamente, como maçãs de ouro em salva de prata. Tais pessoas podem de muitos modos fazer um precioso trabalho para Deus. Ele as manda ir para o campo da seara e ajudar a colher os molhos. -- The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. BS 150 1 Tato, percepção, habilidade -- Necessita-se de mulheres cristãs. Há um vasto campo onde elas podem fazer um bom trabalho para o Mestre. Há mulheres nobres, que têm tido a coragem moral de decidir em favor da verdade manifesta no peso da evidência. Elas têm tato, percepção e boa habilidade, e podem fazer o trabalho de bem-sucedidas obreiras cristãs. -- Ibidem. BS 150 2 Os atributos de Marta e de Maria reunidos -- Todo aquele que trabalha para Deus precisa ter em si reunidos os atributos de Marta e de Maria -- a disposição de ministrar e um sincero amor pela verdade. O eu e o egoísmo têm de ser perdidos de vista. -- Testimonies for the Church 6:118. BS 150 3 Mulheres de maneiras gentis -- São necessárias mulheres que não sejam enfatuadas, mas gentis nas maneiras e de humilde coração, que trabalhem na mansidão de Cristo onde quer que encontrem algo para fazer pela salvação das almas. Todos os que têm sido feitos participantes dos benefícios celestiais, devem mostrar fervor e intenso desejo de que outros que não têm os privilégios que eles desfrutam, tenham apresentadas perante si as evidências da verdade. E eles não desejarão apenas que outros tenham este benefício, mas procurarão que o tenham, e desempenharão sua parte para alcançar este objetivo. BS 151 1 Os que se tornam colaboradores de Deus aumentarão em poder moral e espiritual, ao passo que os que devotam seu tempo e energias ao serviço de si próprios, definharão, secarão e morrerão. -- The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. BS 151 2 Aproveitando talentos -- Nossas irmãs... não são deficientes em habilidade, e se usassem retamente os talentos que já têm, sua eficiência seria grandemente aumentada. -- Testimonies for the Church 4:629, 630. BS 151 3 Corajosas e confiantes -- Muitos lares se tornam infelizes pelo inútil queixar-se da dona-de-casa, que manifesta desprazer para com as tarefas simples do lar em sua despretensiosa vida doméstica. Ela considera os cuidados e deveres de sua missão como durezas, e aquilo que com alegria poderia ser feito não apenas prazeroso e interessante, mas proveitoso, torna-se mais que simples atividade enfadonha. Ela olha a escravidão de sua vida com repulsa, e se imagina uma mártir. BS 151 4 É certo que as rodas da maquinaria doméstica nem sempre giram com suavidade; há muita coisa para provar a paciência e sobrecarregar as forças. Mas conquanto as mães não sejam responsáveis por circunstâncias sobre as quais não têm nenhum controle, é inútil negar que as circunstâncias fazem grande diferença com as mães em seu trabalho. Mas a sua condenação está quando às circunstâncias se permite reger e subverter o seu princípio, quando elas se tornam cansadas e infiéis a seu alto encargo e negligenciam seu conhecido dever. BS 151 5 A esposa e mãe que nobremente vence dificuldades sob as quais outros afundam por falta de paciência e força para perseverar, não somente se torna forte no cumprimento do dever, como sua experiência em vencer tentações e obstáculos qualifica-a como eficiente auxílio a outros, tanto em palavras como pelo exemplo. Muitos que agem bem sob circunstâncias favoráveis, parecem passar por uma transformação de caráter sob adversidade e prova; arruínam-se em proporção a suas provas. Deus jamais desejou que fôssemos joguetes das circunstâncias. -- The Health Reformer, Agosto de 1877. BS 152 1 Os elementos do caráter cristão -- Mães, estais desenvolvendo o caráter. Vosso compassivo Redentor vos está vigiando em amor e simpatia, pronto para ouvir vossas orações e prestar-vos a assistência que necessitais em vossa vida. Amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, fé e caridade são os elementos do caráter cristão. Essas preciosas graças são frutos do Espírito. São a coroa e o escudo do cristão. Os mais altos devaneios e as mais supremas aspirações não podem almejar nada mais elevado. Nada pode proporcionar mais perfeito contentamento e satisfação. Essas consecuções celestiais não dependem de circunstâncias nem da vontade ou do imperfeito discernimento humano. O precioso Salvador, que compreende as lutas de nosso coração e as fraquezas de nossa natureza, apiada-Se de nós e perdoa os nossos erros e nos outorga as graças que ferventemente desejamos. -- Ibidem. BS 152 2 A mulher verdadeiramente gentil -- Haveis errado? Não permitais que isso vos desanime. O Senhor pode permitir-vos cometer pequenos erros para vos livrar de cometerdes erros maiores. Ide a Jesus, pedi-Lhe perdão, e então crede que Ele o faz. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." BS 153 1 Quando vos forem ditas palavras desencorajadoras, destituídas de bondade, não revideis. Não repliqueis, a não ser que possais fazê-lo com palavras bondosas. Dizei a vós mesmas: "Não desapontarei o meu Salvador." A mulher cristã é uma mulher gentil. Em seus lábios está sempre a lei da bondade. Ela não profere palavras ríspidas. O falar palavras de bondade quando estais irritadas levará o brilho do Sol para dentro de vosso coração e tornará o vosso caminho mais suave. Uma jovem escolar, quando convidada a definir mansidão, respondeu: "Pessoa mansa é aquela que respondeu com brandura a uma pergunta áspera." Cristo disse: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra." Serão súditos aptos para o reino do Céu, pois estão dispostos a ser ensinados. -- The Review and Herald, 7 de Abril de 1904. BS 153 2 Graça e dignidade -- Não trateis a vida como se ela fora um romance, mas como uma realidade. Cumpri vossos mínimos deveres no temor e no amor de Deus, com fidelidade e alegria. Deus declara: "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito." BS 153 3 Estudai a vida que Cristo levou enquanto na Terra. Ele não negligenciou os menores, os mais simples deveres. A perfeição marcou tudo que Ele fez. Buscai o Seu auxílio, e estareis habilitadas a cumprir vossos deveres diários com a graça e dignidade de quem está buscando a coroa de vida imortal. -- Ibidem. (Conselhos dirigidos a "Minhas Irmãs Tentadas Pelo Desencorajamento".) BS 153 4 Fiéis no mínimo -- Meus irmãos e minhas irmãs, não passeis por alto as coisas pequenas para fazerdes obra maior. Podeis alcançar sucesso em fazer pequeno trabalho e falhar inteiramente na tentativa de realizar uma obra maior, caindo assim em desencorajamento. Atende-vos seja a que trabalho for que virdes dever ser feito. É pelo fazer com as vossas forças o que vossa mão encontra para fazer que desenvolveis talento e aptidão para trabalho maior. É pelo passar por alto as oportunidades diárias, pelo negligenciar as pequenas coisas, que muitos se tornam infrutíferos e definham. -- Idem, 26 de Agosto de 1902. BS 154 1 Atenção para com as coisas pequenas -- Muito nos demoramos sobre a magnitude da vida de Cristo. Falamos das grandes coisas que Ele realizou, dos milagres que operou, de como acalmou as águas tempestuosas, deu vista aos cegos e aos surdos a capacidade de ouvir e de como ressuscitou os mortos. Mas a mais elevada prova de Sua grandeza foi Sua atenção para com as coisas pequenas. Ouvi-O falando a Marta ao vir ela a Ele com o pedido de que ordenasse a sua irmã que a fosse ajudar. Ele lhe diz que não permitisse aos cuidados da casa lhe tirassem a paz de alma. "Marta, Marta", diz Ele, "andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário. ... Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada." -- Idem, 7 de Abril de 1904. BS 154 2 Nada deve perder-se -- "Recolhei as sobras, para que nada se perca." Aquele que tinha todos os recursos às Suas ordens deu a lição de que nenhum fragmento deve ser desperdiçado. Aquele que tem em abundância, não deve desperdiçar. Coisa alguma que possa fazer algum bem a outrem deve ser desperdiçada. Recolhei cada pedaço, pois alguém necessitará dele. Essas lições em relação às bênçãos espirituais devem ser cuidadosamente entesouradas. -- Manuscrito 60, 1897. BS 154 3 O poder da delicadeza -- Toda mulher deve desenvolver mente equilibrada e caráter puro, refletindo apenas o verdadeiro, o bom e o belo. A esposa e mãe pode prender ao seu coração o esposo e os filhos mediante amor inalterável, amor que se mostre em palavras gentis e comportamento cortês. A polidez custa pouco, mas tem o poder de abrandar naturezas que de outra sorte se tornariam ásperas e duras. A polidez cristã deve reinar em cada lar. O cultivo de uma cortesia uniforme, de disposição para fazer por outros o que gostaríamos que fizessem por nós, baniria metade dos males da vida. -- The Signs of the Times, 15 de Agosto de 1906. BS 155 1 Certeza de estarmos trabalhando para Jesus -- Nossas irmãs não são escusadas de tomar parte na obra de Deus. Todos que tenham provado as virtudes do mundo por vir têm fervente trabalho a fazer em algum setor da vinha do Senhor. Nossas irmãs podem conduzir as coisas de modo a estarem sempre com os seus dedos ocupados na manufatura de delicados artigos de embelezamento de seu lar ou para mimosear aos amigos. Grandes quantidades desta espécie de material podem ser levadas e postas sobre a pedra fundamental, mas olhará Jesus para toda esta variedade de delicado trabalho como um vivo sacrifício para Si? Louvará Ele tais pessoas com as palavras: "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência", e como "tens sofrido, e tens paciência, e trabalhaste pelo Meu nome, e não te cansaste"? BS 155 2 Que nossas irmãs se interroguem: Como enfrentarei no juízo essas almas com as quais tenho ou devia ter-me familiarizado? Tenho estudado os seus casos individuais? Tenho-me familiarizado com minha Bíblia de tal maneira que possa abrir-lhes as Escrituras?... BS 155 3 É obra por Deus a vós indicada, estudar os delicados e intrincados padrões de bordado e os muitos pontos obscuros nesta espécie de trabalho a fim de aprender o que alguém tem feito, ou para mostrar o que sois capazes de fazer? É esta a espécie de trabalho que Deus apreciaria fizésseis, que tanto absorve vosso interesse, o tempo e talento que Deus vos deu, de maneira que não tendes prazer ou habilitação nem aptidão para o trabalho missionário? Toda essa classe de trabalho é madeira, feno e palha, que o fogo do último dia consumirá. Mas onde estão vossas ofertas a Deus? Onde vosso paciente labor, vosso fervente zelo, que vos coloque em conexão com Cristo, tomando o Seu jugo, levantando os Seus fardos? Onde estão o ouro, a prata e as pedras preciosas que tendes posto sobre a pedra fundamental, que os fogos do último dia não podem consumir, por que são imperecíveis? -- The Review and Herald, 31 de Maio de 1887. BS 156 1 Jesus conhece os fardos das mulheres -- Aquele que devolveu à viúva o seu único filho quando já a caminho da sepultura, sente-Se hoje tocado pelos ais da mãe sobrecarregada. Aquele que devolveu a Maria e a Marta o seu irmão já sepulto, que derramou lágrimas de simpatia junto à sepultura de Lázaro, que perdoou a Maria Madalena, que não esqueceu Sua mãe quando em agonia estava suspenso na cruz, que apareceu às lacrimosas mulheres após Sua ressurreição e fê-las mensageiras do Salvador ressurreto, dizendo: "Eu vou para o Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus", Ele é o melhor amigo da mulher hoje e sempre está pronto a ajudá-la em suas necessidades se ela nEle confiar. -- The Health Reformer, Agosto de 1877. ------------------------Capítulo 19 -- A influência da mulher cristã BS 157 1 A maravilhosa missão da mulher -- Os adventistas do sétimo dia não devem, de forma alguma, amesquinhar a obra da mulher. -- Obreiros Evangélicos, 453. BS 157 2 Maravilhosa é a missão das esposas e mães e das obreiras mais jovens. Elas poderão, se quiserem, exercer influência para o bem ou para o mal, em torno de si. Pela modéstia no vestir e circunspecto comportamento, podem dar testemunho da verdade em sua simplicidade. Podem deixar que sua luz brilhe diante de todos para que vejam suas boas obras e glorifiquem ao seu Pai que está no Céu. Uma mulher verdadeiramente convertida exercerá poderosa influência transformadora para o bem. Associada ao marido, ela pode ajudá-lo em seu trabalho e tornar-se um meio de encorajamento e bênção para ele. Quando a vontade e a conduta são levadas em sujeição ao Espírito de Deus, não há limite para o bem que pode ser realizado. -- Manuscrito 91, 1908. BS 157 3 Desempenhar uma parte na finalização da obra -- Nossas irmãs, as jovens, as de meia-idade e as avançadas em anos, podem desempenhar uma parte na finalização da obra para este tempo; e em assim procedendo, quando surgir a oportunidade, alcançarão uma experiência do mais alto valor para si mesmas. Esquecendo de si crescerão na graça. Pela educação da mente nesta direção aprenderão como levar cargas por Jesus. -- The Review and Herald, 2 de Janeiro de 1879. BS 157 4 Servir com fidelidade e discernimento -- Neste tempo cada talento de cada obreiro deve ser considerado como sagrado depósito a ser usado na extensão da obra de reforma. O Senhor instruiu-me no sentido de que nossas irmãs que receberam preparo que as tornou aptas para posições de responsabilidade devem servir com fidelidade e discernimento em sua função, usando sabiamente sua influência, com seus irmãos na fé, alcançando assim uma experiência que as capacite para prestatividade ainda maior. ... BS 158 1 Nos antigos tempos o Senhor operou de maneira maravilhosa através de mulheres consagradas que se uniram em Sua obra com homens que Ele escolhera para serem Seus representantes. Ele usou mulheres para alcançarem grandes e decisivas vitórias. Mais de uma vez em tempos de emergência Ele as levou na vanguarda e operou por meio delas para a salvação de muitas vidas. -- Carta 22, 1911. BS 158 2 A primeira responsabilidade da mãe -- A influência da mãe nunca cessa. É sempre ativa, seja para o bem, seja para o mal; e se ela espera que sua obra resista ao teste do juízo, deve pôr em Deus sua confiança e trabalhar tendo em vista a Sua glória. Seu primeiro dever é para com os filhos, buscando moldar-lhes o caráter a fim de que sejam felizes nesta vida e tenham garantida a vida futura, imortal. Não deve deixar-se influenciar pelo que a Sra. Fulana faz, nem pelo que observa a Sra. A ou B com referência ao seu modo excêntrico de ser, diferente das demais pessoas no vestuário ou no arranjo da casa, tendo em vista o conforto antes que ostentação, ou em sua maneira de tratar com os filhos. BS 158 3 Deus deu às mães, na educação dos filhos, uma responsabilidade que supera a tudo o mais. -- Good Health, Junho de 1880. BS 158 4 A sociedade tem direitos sobre a mulher -- É direito da mulher atender aos interesses do marido, ter a seu cargo o cuidado do seu vestuário, e procurar torná-lo feliz. É seu direito progredir na mente e maneiras, ser social, alegre e feliz, derramando alegria em seu lar e dessa forma tornando-o um pequeno céu. E pode ter interesse por algo mais que "mim e meu". Ela deve considerar que a sociedade tem direitos sobre ela. -- The Health Reformer, Junho de 1873. BS 159 1 Uma obra que transcende os limites do lar -- Homens e mulheres não estão cumprindo os desígnios de Deus quando expressam afeição apenas pelos próprios membros do seu círculo familiar, por seus ricos parentes e amigos, ao passo que excluem de seu amor aqueles que poderiam confortar e abençoar pelo aliviar-lhes as necessidades. ... BS 159 2 Quando o Senhor nos manda fazer o bem a outros fora de nosso lar, Ele não pretende com isso que nossas afeições pelo lar sejam diminuídas, e que amemos menos nossos familiares ou nosso país porque Ele deseje que ampliemos nossa simpatia. Não devemos, porém, confinar nossa afeição e simpatia dentro de quatro paredes, enclausurando assim as bênçãos que Deus nos tem dado, de maneira que outros não sejam beneficiados conosco em desfrutá-las. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1895. BS 159 3 Ampliando nossa esfera de serviço -- Não temos todos a mesma tarefa. Há atividades distintas e individuais para cada um realizar; contudo pode haver entre esses variados deveres uma bela harmonia, unindo a obra de todos em perfeita utilidade. Nosso Pai celestial não reclama de ninguém a quem haja dado apenas um talento, o mesmo aumento daquele que recebeu cinco. Mas se esse um for sabiamente usado, a sua possuidora logo terá conseguido mais, e pode continuamente ampliar sua capacidade de influência e sua esfera de serviço por fazer o melhor uso dos talentos que Deus lhe deu. Sua individualidade pode ser distintamente preservada, e contudo ela ser parte do grande todo no avançamento da obra de reforma tão grandemente necessitada. BS 160 1 A mulher, se aproveita sabiamente o seu tempo e suas faculdades, buscando de Deus sabedoria e força, pode estar em igualdade com o seu marido como conselheira, orientadora, companheira e coobreira, e nem por isto perder qualquer de suas graças ou modéstia feminis. Ela pode elevar seu próprio caráter, e ao fazê-lo está elevando e enobrecendo o caráter de sua família e exercendo sobre outros ao seu redor influência poderosa, conquanto inconsciente. -- Good Health, Junho de 1880. BS 160 2 Alcançando outras mulheres com a verdade -- As mulheres podem aprender o que é preciso fazer para alcançar outras mulheres. Há mulheres que são especialmente adaptadas para a tarefa de dar estudos bíblicos, e alcançam muito sucesso na apresentação a outros da Palavra de Deus em sua simplicidade. Tornam-se uma grande bênção em alcançar as mães e suas filhas. Esta é uma obra sagrada, e os que nela se empenham devem receber encorajamento. -- Carta 108, 1910. BS 160 3 Responsabilidade de ajudar a todos -- Sinta cada irmã que se diz filha de Deus, a responsabilidade de ajudar a todos que estiverem dentro de seu alcance. As mais nobres de todas as consecuções podem ser alcançadas através da abnegação e benevolência por outros. Irmãs, Deus vos chama para trabalhar no campo da seara, ajudando a reunir os molhos. ... Nos vários ramos do trabalho missionário doméstico, a mulher modesta, inteligente, pode usar suas faculdades com o mais alto rendimento. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1914. BS 161 1 Influência em favor da reforma e da verdade -- Por que não há de a mulher cultivar o intelecto? Por que não há de responder ao propósito de Deus em sua vida? Por que não compreender suas próprias faculdades, e sentir que essas faculdades são dadas por Deus, procurando fazer uso delas da mais ampla maneira, fazendo o bem aos outros, promovendo o avançamento da obra de reforma, da verdade e da verdadeira piedade no mundo? Satanás sabe que as mulheres têm um poder de influência para o bem ou para o mal; por isto procura alistá-las na sua causa. Ele inventa multiplicidade de modas, e tenta as mulheres no presente -- como tentou Eva para que colhesse e comesse -- a adotarem e praticarem essas modas sempre mutáveis e nunca satisfatórias. BS 161 2 Irmãs e mães, nós temos um alvo mais elevado, uma tarefa mais nobre, do que estudar a mais recente moda e confeccionar vestidos com desnecessários adornos a fim de fazer face às exigências deste moderno Moloque. Podemos tornar-nos suas escravas e sacrificar sobre seu altar nossa própria felicidade e a felicidade presente e futura de nossos filhos. Mas que ganhamos no final? Temos semeado na carne; ceifaremos corrupção. Nossas obras não podem resistir à inspeção de Deus. Veremos no final quantas almas poderiam ter sido abençoadas e redimidas das trevas e do erro por nossa influência, mas em vez disso foram encorajadas ao exibicionismo exterior e ao orgulho, negligenciando o adorno interior. -- Good Health, Junho de 1880. BS 161 3 Colocando nos lares o fermento da palavra de Deus -- Tanto as mulheres como os homens podem empenhar-se na obra de ocultar o fermento da verdade onde ele possa agir e tornar-se manifesto. ... Mulheres discretas e humildes podem fazer boa obra na exposição da verdade ao povo em seus lares. A Palavra de Deus assim explanada iniciará sua obra de levedação e por sua influência todas as famílias serão convertidas à verdade. -- Carta 86, 1907. BS 162 1 Nunca se cansar do trabalho missionário -- Minhas irmãs, não vos canseis de distribuir a nossa literatura. Esta é uma tarefa na qual todas podeis empenhar-vos com êxito se tão-somente estiverdes associadas com Deus. Antes de vos aproximardes de vossos amigos e vizinhos ou de escrever cartas missionárias, levantai o coração a Deus em oração. Todo o que com humilde coração toma parte nesta obra está-se educando a si mesmo como obreiro aceitável na vinha do Senhor. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1914. BS 162 2 Mulheres podem alcançar corações -- A esses nossos amigos que esperam logo partir de nós para outras terras eu desejo dizer: "Lembrai-vos de que podeis derribar a mais acérrima oposição, tomando interesse pessoal nas pessoas que ireis encontrar. Cristo manifestou interesse pessoal em homens e mulheres enquanto viveu na Terra. Aonde quer que fosse Ele era um médico-missionário. Devemos sair fazendo o bem, tal como Ele fez. Somos instruídos a alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os tristes." BS 162 3 As irmãs podem fazer muito para alcançar o coração e torná-lo brando. Onde quer que estiverdes, minhas irmãs, trabalhai em simplicidade. Se estais num lar onde há crianças, manifestai interesse nelas. Deixai-as ver que as amais. Se uma delas está doente, oferecei-vos para dar-lhe tratamento; ajudai a mãe sobrecarregada de cuidados, ansiosa, a aliviar sua criança sofredora. -- Idem, 11 de Novembro de 1902. BS 162 4 Unidas com outras mulheres na obra de temperança -- A União Feminina de Temperança Cristã é uma organização com cujos esforços para a disseminação dos princípios de temperança podemos unir-nos de coração. Recebi luz sobre o fato de que não nos devemos alongar deles, mas, enquanto isso não representar sacrifício de qualquer de nossos princípios, devemos tanto quanto possível unir-nos com eles no esforço pela reforma da temperança. ... Devemos trabalhar com eles quando isso for possível, e podemos seguramente fazê-lo no que respeita à questão do total fechamento dos botequins. BS 163 1 Submetendo o instrumento humano sua vontade à vontade de Deus, o Espírito Santo impressionará o coração daqueles a quem o instrumento humano ministra. Foi-me mostrado que não devemos evitar o contato com os membros da União Feminina de Temperança Cristã. Unindo-nos com elas no esforço pela abstinência total não estamos mudando a nossa posição sobre a observância do sétimo dia, e podemos mostrar nossa apreciação pela posição delas na questão da temperança. Abrindo-lhes a porta e convidando-as a se unirem conosco no que respeita à temperança, garantimo-nos o seu auxílio nesse setor; e elas, unindo-se conosco, ouvirão novas verdades que o Espírito aguarda para impressionar-lhes o coração. -- Idem, 18 de Junho de 1908. BS 163 2 Surpresa com nossa indiferença -- Tenho tido alguma oportunidade de ver grande vantagem na associação com as obreiras da U.F.T.C., mas tenho tido a surpresa de notar a indiferença de muitos de nossos líderes para com esta organização. Convido meus irmãos a despertarem. -- Carta 274, 1907. BS 163 3 Apreciação do bom trabalho da U.F.T.C -- Foi-me concedida luz segundo a qual há na U.F.T.C. pessoas com os mais preciosos talentos e capacidade. Muito tempo e dinheiro tem sido absorvido entre nós de maneira não lucrativa. Em vez disto alguns de nossos melhores talentos devem ser postos em operação no interesse da U.F.T.C., não como evangelistas, mas como pessoas que apreciam amplamente o bem que tem sido feito por esta corporação. Devemos procurar ganhar a confiança das obreiras da U.F.T.C., harmonizando-nos com elas quanto possível. ... Este povo tem sido rico em boas obras. -- Manuscrito 91, 1907. BS 164 1 Uma sensível influência -- conselho a uma irmã -- Eu espero, minha irmã, que tenhais alguma influência na U.F.T.C. ... Assegurai-vos da presença do óleo da graça na influência consciente e inconsciente de palavras pronunciadas, revelando o fato de que tendes a luz da vida para iluminar a outros num testemunho direto, positivo, sobre assuntos em que podeis estar de acordo, e isto deixará uma sensível influência. Meu coração está convosco nesta obra de temperança. Eu falo sobre este assunto com a maior decisão, e ele tem uma assinalada influência sobre outras mentes. -- Manuscrito 74, 1898. BS 164 2 Fazer trabalho missionário sem negligenciar os deveres do lar -- Mulheres cristãs inteligentes podem usar os seus talentos com o maior proveito. Podem mostrar por sua vida de abnegação e por sua disposição de trabalhar ao máximo de sua capacidade, que crêem na verdade e que estão sendo santificadas por seu intermédio. Muitos necessitam um trabalho desta espécie para desenvolver as faculdades que possuem. Esposas e mães não devem em caso algum negligenciar o marido e os filhos, mas podem fazer muito sem negligenciar os deveres do lar; e nem todas têm essas responsabilidades. BS 164 3 Quem pode ter tão profundo amor pelas almas de homens e mulheres por quem Cristo morreu como essas que são participantes de Sua graça? Quem pode melhor representar a religião de Cristo do que mulheres cristãs, mulheres que estão fervorosamente trabalhando para levar almas à luz da verdade? Quem está igualmente tão bem adaptado à obra da Escola Sabatina? A verdadeira mãe é verdadeira mestra de crianças. Se com o coração imbuído do amor de Cristo ela ensina as crianças de sua classe, orando com elas e por elas, ela pode ver almas convertidas e reunidas no redil de Cristo. Eu não recomendo que a mulher procure tornar-se eleitora ou funcionária pública; mas como missionária, ensinando a verdade por correspondência epistolar, distribuindo material impresso, conversando com as famílias e orando com as mães e os filhos, ela pode fazer muito e ser uma bênção. -- The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. BS 165 1 Deveres domésticos não desculpam as mulheres -- Algumas podem fazer mais que outras, mas todas podem fazer alguma coisa. As mulheres não devem sentir que estão dispensadas em virtude de seus deveres domésticos. Devem mostrar-se inteligentes no sentido de provar que podem fazer muito de maneira metódica e com sucesso em levar almas a Cristo. Se todos sentissem a importância de produzir até o máximo de sua capacidade na obra de Deus, tendo profundo amor por almas, sentindo sobre si o fardo da obra, centenas que até aqui têm estado insensíveis e desinteressados, nada realizando ou quando muito pouco fazendo, estariam empenhados como obreiros ativos. BS 165 2 Em muitos casos o lixo do mundo tem obstruído os canais da alma. O egoísmo controla a mente e perverte o caráter. Estivesse a vida escondida com Cristo em Deus, seu serviço não seria enfadonho. Se o inteiro coração fosse consagrado a Deus, todos encontrariam algo que fazer e almejariam ter parte na obra. Semeariam junto a todas as águas, orando e crendo que o fruto haveria de aparecer. Obreiros tementes a Deus, operosos, estarão em crescimento, orando em fé por graça e sabedoria celestial para que possam fazer a obra que lhes toca com alegria e disposição de mente. Buscarão os divinos raios de luz, a fim de poderem iluminar os passos de outros. -- Ibidem. BS 166 1 Uma resolução modelar -- Pergunte-se a si mesmo cada membro da igreja: "Que parte posso eu desempenhar para ganhar almas para Jesus Cristo?" "Eu", diz uma classe, "procurarei que minhas necessidades sejam tão restritas que nenhum adorno desnecessário roube os cruzeiros ou centavos na satisfação do orgulho ou da ostentação. Consagrar-me-ei a Deus, e os meus desejos de satisfação egoísta serão mortos antes que germinem e floresçam e produzam frutos." Esta é uma boa resolução. Ela agrada ao Salvador que vos comprou. ... BS 166 2 Alguém poderá dizer: "Não tenho oportunidade de ganhar dinheiro, mas dedicar-me-ei a mim mesmo. Educar-me-ei e preparar-me-ei para que nenhuma oportunidade passe inaproveitada. Tenho estado sempre ocupado, mas a verdade é que não tenho sentido satisfação na maneira em que meu tempo tem sido utilizado. Vejo agora como nunca dantes que muito do meu tempo tem sido empregado em fazer nada mais que aquilo que me agrada a mim mesmo. Agora desejo agradar a Deus, e darei parte do meu tempo ao verdadeiro serviço do Mestre. Visitarei os enfermos, preparar-me-ei de modo a ter interesse e simpatia pelos sofredores, e acrescentarei, se possível, algum auxílio para torná-los mais confortáveis. Por estes meios posso alcançar-lhes o coração e falar-lhes uma palavra como servo que sou de Jesus Cristo. Assim posso cultivar a arte de ministrar e ganhar almas para Jesus." Podeis admitir que Jesus não dirá: "Bem está", a este ramo do ministério? -- Carta 12, 1892. ------------------------Capítulo 20 -- Ministério em favor dos pobres BS 169 0 Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, sem contudo, lhes dardes o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Tiago 2:15-17. BS 169 1 O evangelho em sua ampla manifestação de amor -- O evangelho deve ser pregado aos pobres. Nunca o evangelho encontra sua mais ampla manifestação de amor do que quando é levado às regiões mais necessitadas e carentes. Aos homens de cada classe social ele apresenta os seus preceitos, que lhes regulam os deveres, e suas promessas, que os animam a cumprir as suas obrigações. É então que a luz do evangelho brilha em sua mais radiante claridade e em seu maior poder. A verdade provinda da Palavra de Deus entra na choupana do camponês, ilumina a rústica palhoça dos pobres, brancos ou pretos. Os raios do Sol da Justiça levam alegria aos enfermos e sofredores. Anjos de Deus estão ali, e a fé simples manifestada faz que a côdea de pão e o copo de água pareçam um luxuoso banquete. Os que têm sido desprezados e abandonados são erguidos pela fé e perdão e elevados à dignidade de filhos e filhas de Deus. Exaltados acima de tudo no mundo, assentam-se nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Eles não têm tesouros terrestres, mas encontraram a pérola de grande preço. O Salvador que perdoa os pecados recebe os pobres e ignorantes e dá-lhes a comer o pão que vem do Céu. Bebem a água da vida. -- Carta 113, 1901. BS 170 1 Jesus se associou com os pobres -- Tem-se tornado moda desprezar os pobres. ... Mas Jesus, o Mestre, era pobre, e simpatizava com os pobres, os desprezados, os oprimidos, e declara que cada afronta a eles feita é como se o fosse a ele próprio. Fico cada vez mais surpresa ao ver os que se dizem filhos de Deus possuírem tão pouco da simpatia, ternura e amor que se encontravam em Cristo. Oxalá cada igreja, do norte ou do sul, fosse imbuída do espírito que se encontra nos ensinos de nosso Senhor! -- Manuscrito 6, 1891. BS 170 2 Cristo veio ministrar aos pobres -- Jesus Se colocou como cabeça da humanidade nas vestes da humanidade. Tão plena de simpatia e amor era Sua atitude que o mais pobre não temia aproximar-se dEle. Ele era bom para todos, perfeitamente acessível pelas pessoas mais humildes. Ia de casa em casa curando os enfermos, alimentando os famintos, confortando os tristes, consolando os aflitos, falando de paz aos angustiados. -- Carta 117, 1903. BS 170 3 "E chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o Seu costume, na sinagoga, e levantou-Se para ler. E foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor." BS 171 1 Esta é uma maravilhosa descrição da obra de Cristo. Os fariseus e saduceus desprezavam os pobres. Os ricos e instruídos negligenciavam-nos, como se suas riquezas e conhecimentos fizessem-nos mais valiosos que os pobres. Mas Jesus declarou que Sua obra era levar encorajamento, conforto e ajuda onde isto fosse mais necessário. -- Manuscrito 65b, 1898. BS 171 2 Como Cristo despertava a alma faminta -- A principal missão de Cristo estava na pregação do evangelho aos pobres. Ele interessava-Se em ministrar aos necessitados e ignorantes. Em simplicidade franqueava-lhes as bênçãos que pudessem receber, e assim despertava a fome das almas para a verdade, o pão da vida. A vida de Cristo é um exemplo para todos os Seus seguidores. -- Manuscrito 103, 1906. BS 171 3 A evidência da divindade do evangelho -- Cristo obteve o maior sucesso entre os pobres, e com esta classe cada ser humano, instruído ou não, pode encontrar em abundância o que fazer. Os pobres necessitam conforto e simpatia, pois há os que sem u'a mão ajudadora jamais se recobrarão. Na atividade por esses discípulos de Cristo está sua maior missão. Esta é a mais alta credencial do ministério evangélico. Fosse o evangelho obra de homens e teria sido popular entre os ricos e poderosos; mas não levando em conta os ricos e poderosos, ele convida a todos que O aceitam a que operem segundo as obras de Cristo, ajudando os que são destituídos de bens, desprezados, esquecidos, afligidos. BS 171 4 Os que sustentam a obra pelo amor de Cristo e das almas trabalharão segundo as diretrizes de Cristo. Este mundo é um lazareto de enfermidades, mas Cristo veio para curar os enfermos, confortar os tristes, proclamar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos. O evangelho é a própria essência da restauração, e Cristo deseja que convidemos os descoroçoados, desesperançados e aflitos, a que tomem posse de Sua força, pois é chegado o ano aceitável do Senhor. -- Manuscrito 65b, 1898. BS 172 1 Cristianismo -- consolo dos pobres -- Há uma relação entre a religião de Cristo e os pobres. O cristianismo é o consolo dos pobres. Há uma falsa religião perigosa à alma de todos os que a praticam, segundo a qual todo prazer e satisfação egoísta é a suma da felicidade. Mas a parábola do rico e Lázaro mostra que isto é falso. Veio o tempo em que o rico desejaria dar tudo que possuía para mudar de lugar com Lázaro, outrora pobre e coberto de chagas. BS 172 2 Na humanidade de Cristo estão entretecidos fios de ouro que unem o pobre confiante e crente a Sua própria alma de infinito amor. Ele é o grande Médico. Em nosso mundo Ele levou nossas enfermidades e nossos fardos. É o poderoso Curador de todas as doenças. Foi pobre e contudo era o centro de toda beneficência, de toda bênção. Ele é um reservatório de poder para todos, a fim de que consagrem suas forças à obra de se tornarem filhos de Deus. -- Manuscrito 22, 1898. BS 172 3 Cristo nobilitou o estigma da pobreza -- Cristo tem sido sempre o Amigo do pobre. Ele escolheu a pobreza e honrou-a por torná-la Sua sorte. Libertou-a para sempre do opróbrio e do escárnio, por abençoar os pobres, os herdeiros do reino de Deus. Tal foi Sua obra. Consagrando-Se a uma vida de pobreza Ele redimiu a pobreza de sua humilhação. Tomou Sua posição com o pobre a fim de que pudesse libertar a pobreza do estigma com que o mundo a marcou. Ele conhecia o perigo do amor às riquezas. Sabia que este amor é ruinoso para muitas almas. Ele põe os que são ricos em posição de satisfazerem cada desejo de grandeza. Ensina-os a olhar com desprezo os que estão sofrendo a pressão da pobreza. Desenvolve a fraqueza da mente humana e mostra que não obstante a abundância de riqueza os ricos não são ricos para com Deus. BS 173 1 Muito caráter tem sido moldado pela falsa estima manifestada para com pessoas ricas em bens terrenos. O homem possuidor de casas e terras, louvado e iludido pelo respeito que lhe é mostrado, pode olhar com desprezo o pobre que possui virtudes que o rico não possui. Quando pesado na balança de ouro do santuário, o rico cobiçoso e egoísta será achado em falta, ao passo que o pobre, que tem posto sua fé em Deus somente por sua virtude e bondade, será declarado herdeiro das riquezas eternas no reino de Deus. -- Manuscrito 22, 1898. BS 173 2 Os maiores homens do mundo não podem solver o problema -- Há nas grandes cidades multidões que vivem em pobreza e miséria, quase sem ter alimento, abrigo e roupa, enquanto que nas mesmas cidades há os que possuem mais do que o coração poderia desejar, vivendo no luxo e despendendo os seus recursos em casas ricamente mobiliadas, em adornos pessoais, ou pior ainda, na satisfação de apetites sensuais, bebidas, fumo e outras coisas que destroem as faculdades do cérebro, desequilibram a mente e rebaixam a alma. O clamor da humanidade faminta tem subido até Deus. ... BS 173 3 Não há muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as causas em que se fundamenta o presente estado da sociedade. Os que detêm as rédeas de governo não são capazes de solver o problema da corrupção moral, da pobreza, do pauperismo e da criminalidade crescente. Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais em bases mais seguras. Se os homens dessem mais atenção aos ensinos da Palavra de Deus, encontrariam solução para os problemas que os assoberbam. -- Testimonies for the Church 9:12, 13. BS 174 1 Plano de Deus para sanar a desigualdade em Israel -- O povo devia ser impressionado com o fato de que era a terra de Deus que se lhes permitia possuir por algum tempo; de que Ele era o legítimo possuidor, o proprietário original, e de que desejava se tivesse consideração especial pelos pobres e infelizes. A mente de todos devia ser impressionada com o fato de que os pobres têm tanto direito a um lugar no mundo de Deus como o têm os mais ricos. BS 174 2 Tais foram as disposições tomadas por nosso misericordioso Criador a fim de minorar o sofrimento, trazer algum raio de esperança, lampejar uma réstia de luz na vida dos que são destituídos de bens e se acham angustiados. BS 174 3 O Senhor queria pôr obstáculo ao amor desordenado à propriedade e ao poderio. Grandes males resultariam da acumulação contínua da riqueza por uma classe, e da pobreza e degradação por outra. Sem qualquer restrição, o poderio dos ricos se tornaria um monopólio, e os pobres, se bem que sob todos os respeitos perfeitamente tão dignos à vista de Deus, seriam considerados e tratados como inferiores aos seus irmãos mais prósperos. A consciência desta opressão despertaria as paixões das classes mais pobres. Haveria um sentimento de aflição e desespero que teria como tendência desmoralizar a sociedade e abrir as portas aos crimes de toda espécie. Os estatutos que Deus estabelecera destinavam-se a promover a igualdade social. As disposições do ano sabático e do jubileu em grande medida poriam em ordem aquilo que no intervalo anterior havia ido mal na economia social e política da nação. BS 174 4 Aqueles estatutos destinavam-se a abençoar os ricos não menos que os pobres. Restringiriam a avareza e a disposição para a exaltação própria, e cultivariam um espírito nobre e de beneficência; e, alimentando a boa vontade e a confiança entre todas as classes, promoveriam a ordem social, a estabilidade do governo. Nós nos achamos todos entretecidos na grande trama da humanidade, e o que quer que possamos fazer para beneficiar e elevar a outrem, refletirá em bênçãos a nós mesmos. A lei da dependência recíproca vigora em todas as classes da sociedade. Os pobres não dependem dos ricos mais do que estes dependem daqueles. Enquanto uma classe pede participação nas bênçãos que Deus conferiu aos seus vizinhos mais ricos, a outra necessita do serviço fiel, e da força do cérebro, ossos e músculos, coisas que são o capital do pobre. ... BS 175 1 Muitos há que insistem com grande entusiasmo que todos os homens deviam ter participação igual nas bênçãos temporais de Deus. Mas isto não foi o propósito do Criador. A diversidade de condições é um dos meios pelos quais é desígnio de Deus provar e desenvolver o caráter. Contudo, é Seu intuito que aqueles que têm haveres terrestres se considerem simplesmente como mordomos de Seus bens, estando-lhes confiados os meios a serem empregados para o benefício dos sofredores e necessitados. BS 175 2 Cristo disse que teremos os pobres sempre conosco; e Ele une Seu interesse com o de Seu povo sofredor. O coração de nosso Redentor compadece-se dos mais pobres e humildes de Seus filhos terrestres. Ele nos diz que são Seus representantes na Terra. Pô-los entre nós para despertar em nosso coração o amor que Ele sente pelos que sofrem e são oprimidos. A piedade e a benevolência a eles mostradas são aceitas por Cristo como se o fossem para com Ele mesmo. Um ato de crueldade ou negligência para com eles, é considerado como se fosse praticado a Ele. -- Patriarcas e Profetas, 569-571. BS 175 3 Cristo vê oportunidade na situação extrema do homem -- O coração de Cristo alegra-se à vista dos que são pobres em toda a extensão do termo; alegra-se à vista dos maltratados que são mansos e dos que estão curvados ao peso das tristezas e aflições; alegra-se pelos famintos de justiça que parecem não ser atendidos, pela inabilidade de muitos para começar. Ele como que saúda as próprias condições daquilo que desencorajaria a muitos pastores. Vê a oportunidade de ajudar aos que estão em grande necessidade de ajuda indo encontrá-los onde estão. BS 176 1 O Senhor Jesus corrige nossa piedade falha dando o fardo desta obra pelos pobres e necessitados em lugares difíceis a homens e mulheres de adaptabilidade que tenham coração sensível pelos ignorantes e extraviados. O Senhor os ensina a solucionar esses casos. Esses obreiros serão encorajados ao verem as portas se abrirem a fim de poderem entrar em lugares onde possam fazer obra médico-missionária. Tendo pouca confiança própria eles dão a Deus toda a glória, nada tomando para si. O Salvador está presente a fim de dar um começo por intermédio daqueles cujas mãos são rudes e inábeis, mas cujo coração é susceptível de se apiadar e despertar para fazer alguma coisa que alivie os ais tão abundantes. Ele opera por intermédio daqueles que podem distinguir misericórdia na miséria, ganho na perda de todas as coisas. Quando a Luz do mundo está presente vêem-se privilégios em todas as dificuldades, retidão e ordem na confusão, sucesso e sabedoria de Deus no que parecia ser falha da experiência humana. ... BS 176 2 Cristo pronuncia Sua bênção sobre os que têm fome e sede de justiça. Lemos em S. Lucas: "Bem-aventurados os pobres." Os pobres não experimentam a centésima parte das enganadoras tentações dos ricos. Em S. Mateus lemos: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino do Céu." Pobreza de espírito significa bens a serem supridos pelas riquezas da graça de Deus. -- Carta 100, 1902. BS 177 1 Se a pobreza fosse removida da terra -- Necessidade e pobreza haverá sempre. Altas quanto possam ser as normas de conhecimento e moralidade, elevado quanto possa ser o alcance da civilização, a pobreza continuará, como uma demonstração das riquezas da graça de Deus, um firme memorial da verdade contida nas palavras: "Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Não seria benéfico para o cristianismo o Senhor remover da Terra a pobreza. Assim fechar-se-ia uma porta que está agora aberta para o exercício da fé, um meio pelo qual o coração dos aflitos pode ser alcançado pelo evangelho da beneficência. Mediante a liberalidade cristã são alcançadas almas que não o seriam de outra maneira. Ela é a mão ajudadora do evangelho. -- Carta 83, 1902. ------------------------Capítulo 21 -- Os pobres na igreja BS 178 1 Os necessitados da família da fé -- Nosso amor a Deus deve expressar-se na prática de boas obras em favor dos necessitados e sofredores da família da fé, cujas necessidades venham ao nosso conhecimento e reclamem nosso cuidado. Cada alma está sob especial obrigação para com Deus de observar os Seus pobres dignos com especial compaixão. Sob nenhuma consideração devem eles ser passados por alto. -- Testimonies for the Church 6:271. BS 178 2 "Portanto à medida que tivermos oportunidade, façamos o que é bom a todos os homens, mas especialmente aos que pertencem à família da fé." (TB) BS 178 3 Em sentido especial, Cristo colocou sobre Sua igreja o dever de cuidar dos necessitados dentre seus próprios membros. Ele consente que Seus pobres se encontrem nos limites de todas as igrejas. Devem achar-se sempre entre nós, e Ele dá aos membros da igreja uma responsabilidade pessoal quanto a cuidar deles. BS 178 4 Como os membros de uma verdadeira família cuidam uns dos outros, tratando dos doentes, sustendo os fracos, ensinando os ignorantes, exercitando os inexperientes, assim cumpre "aos que pertencem à família da fé" atender aos seus necessitados e inválidos. -- A Ciência do Bom Viver, 201. BS 179 5 Duas classes que reclamam cuidado -- Há duas classes de pobres as quais temos sempre dentro de nosso alcance: os que se arruínam a si mesmos por sua própria conduta independente e prosseguem em sua transgressão e os que por amor à verdade têm sido levados a uma situação de angústia. Devemos amar a nosso próximo como a nós mesmos, e assim por ambas essas classes devemos adotar o procedimento certo sob a direção e conselho de sã sabedoria. BS 179 1 Nada há que questionar a respeito dos pobres do Senhor. Devem eles ser ajudados em todos os casos que forem para o seu bem. Deus deseja que o Seu povo revele a um mundo pecaminoso que Ele não deixou os pobres a perecer. Especial interesse deve ser dedicado em ajudar aqueles que por amor à verdade são lançados fora do seu lar e deixados a sofrer. Haverá cada vez mais necessidade de corações abertos, grandes e generosos, que se negarão a si mesmos para cuidar dos casos desses mesmos a quem o Senhor ama. Os pobres entre o povo de Deus não devem ser deixados sem provisão para suas necessidades. Deve ser encontrado algum caminho pelo qual possam obter o seu sustento. Alguns terão de ser ensinados a trabalhar. Outros que trabalham duramente e se esforçam ao extremo para o sustento de suas famílias necessitarão assistência especial. Devemos tomar interesse nesses casos e ajudá-los a conseguir emprego. Deve haver um fundo de auxílio para socorrer famílias pobres dignas que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. BS 179 2 É mister exercer cuidado para que os recursos necessários para este trabalho não sejam desviados para outros canais. Há diferença entre ajudarmos os pobres que em virtude da guarda dos mandamentos de Deus são reduzidos a penúria e sofrimento e negligenciarmos esses para ajudar aos blasfemadores que pisoteiam os mandamentos de Deus. E Deus considera a diferença. Os guardadores do sábado não devem passar por alto os sofredores e necessitados do Senhor, para tomar sobre si a tarefa de sustentar os que persistem na transgressão da lei de Deus, que são instruídos a procurar auxílio daqueles que desejam sustentá-los. Esta não é a qualidade conveniente de trabalho missionário. Não está em harmonia com o plano do Senhor. BS 180 1 Onde quer que uma igreja seja estabelecida devem os seus membros fazer fiel trabalho pelos crentes necessitados. Mas não devem parar aqui. Devem ajudar também os outros, sem referência de sua fé. Como resultado de tal esforço alguns receberão as verdades especiais para este tempo. BS 180 2 "Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma das tuas cidades, na tua terra que o Senhor teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás as tuas mãos a teu irmão pobre; antes lhe abrirás de todo a tua mão e lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te, que não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e ele clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado. Livremente lhe darás, e não seja maligno o teu coração, quando lho deres; pois por isso te abençoará o Senhor teu Deus em toda a tua obra, e em tudo o que empreenderes. Pois nunca deixará de haver pobres na Terra; por isso Eu te ordeno: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o necessitado, para o pobre na terra." Deuteronômio 15:7-11. BS 180 3 Em virtude de circunstâncias alguns que amam e obedecem a Deus tornam-se pobres. Outros não são cuidadosos; não sabem como administrar. Outros ainda são pobres por causa de doenças e adversidades. Seja qual for a causa estão em necessidade, e ajudá-los é um ramo importante da obra missionária. -- Testimonies for the Church 6:269-271. BS 180 4 A pobreza pode resultar de circunstâncias adversas -- Nem sempre se tem considerado sinal de ineficiência quando por circunstâncias adversas a necessidade tem feito que um irmão incorra em dívida ou sofra por alimento e roupa, embora ele não seja capaz de saldar esses débitos, mesmo que trabalhe quanto possa. U'a mão ajudadora tem sido estendida nestes casos, de modo a pôr tais pessoas sobre os seus próprios pés, livres de constrangimento, a fim de que possam fazer o seu trabalho na vinha do Senhor e não se sentirem oprimidas com o pensamento de que uma nuvem de dívidas paira sobre elas. -- Manuscrito 34, 1894. BS 181 1 A responsabilidade da igreja -- É dever de cada igreja fazer arranjos cuidadosos e judiciosos para o cuidado dos pobres e enfermos. -- Carta 169, 1901. BS 181 2 Deus permite que os Seus pobres estejam às portas de cada igreja. Eles estão sempre entre nós, e o Senhor coloca sobre os membros de cada igreja a responsabilidade pessoal de cuidar deles. Não devemos transferir a outros a nossa responsabilidade. Aos que estão dentro de nosso alcance devemos mostrar o mesmo amor e simpatia que Cristo mostraria estivesse Ele em nosso lugar. Devemos assim ser disciplinados, a fim de podermos estar preparados para o trabalho nas fileiras de Cristo. BS 181 3 O pastor deve instruir as diferentes famílias e fortalecer a igreja para que cuide de seus próprios enfermos e pobres. Deve ele pôr em operação as faculdades dadas por Deus ao povo, e se uma igreja está sobrecarregada neste particular, outras igrejas devem vir em seu auxílio. Exerçam os membros da igreja tato e habilidade em cuidar destes, o povo do Senhor. Neguem-se a si mesmos luxo e adornos desnecessários, a fim de poderem prover conforto aos enfermos e necessitados. Assim procedendo praticam o que manda o capítulo 58 de Isaías, e a bênção ali pronunciada será deles. -- Testimonies for the Church 6:272. BS 182 1 Cada membro de igreja deve fazer sua parte -- O povo do Senhor deve ser tão fiel ao princípio como o aço. O Senhor indicou a obra que compete a cada membro da igreja. Ele declara que os membros da igreja devem fielmente desincumbir-se de seu dever para com os que estão dentro do seu alcance. Devem generosamente sustentar os seus próprios pobres. Devem empenhar-se em trabalho missionário sistemático, ensinando suas crianças a guardar o caminho do Senhor e a executar juízo e justiça. BS 182 2 Mas a luz que por anos tem estado perante as igrejas tem sido desconsiderada. A obra que devera ser feita pela humanidade sofredora em cada igreja, não o tem sido. Os membros da igreja têm falhado no atender a palavra do Senhor, e isto têm-nos privado de uma experiência que devia ter sido alcançada na obra evangélica. -- The Review and Herald, 4 de Março de 1902. BS 182 3 Os necessitados e pobres devem ser cuidados. Não devem ser negligenciados, seja qual for o preço do sacrifício para nós. -- The Youth's Instructor, 26 de Agosto de 1897. BS 182 4 Deve a igreja levar o fardo -- As igrejas que têm pobres em seu meio não devem negligenciar a sua mordomia, deixando com o hospital a responsabilidade pelos pobres e enfermos. Todos os membros das diferentes igrejas são responsáveis perante Deus por seus pobres. Devem levar sua própria carga. Se têm pessoas enfermas em seu meio, a quem desejam ver beneficiadas por tratamento, devem, se possível, enviá-las ao hospital. Assim procedendo não somente estão beneficiando a instituição que Deus estabeleceu, mas ajudam os que necessitam auxílio, cuidando dos pobres como Deus requer que façam. -- Testimonies for the Church 4:551. BS 183 1 Quando os pobres do Senhor são negligenciados -- Quando os pobres do Senhor são negligenciados e esquecidos ou recebidos com indiferença ou com palavras cruéis, deve o culpado ter em mente que está negligenciando a Cristo na pessoa dos Seus santos. Nosso Salvador identifica os Seus interesses com os da humanidade sofredora. Como o coração dos pais se apiada e se enternece com os sofrimentos de um dos membros do seu pequeno rebanho, assim o coração do nosso Redentor simpatiza com os mais pobres e mais humildes dos Seus filhos terrestres. Ele os colocou entre nós a fim de despertar em nosso coração aquele amor que ele sente pelos sofredores e oprimidos, e os Seus juízos cairão sobre qualquer que os injustice, menospreze ou deles abuse. -- Idem, 620. BS 183 2 Buscai os necessitados -- Vossos bons desejos, nós vo-los agradecemos, mas os pobres não se podem manter em conforto, com bons desejos apenas. Precisam de provas tangíveis de vossa bondade, em forma de alimento e vestuário. Deus não pretende que nenhum de Seus seguidores mendigue o pão. Ele vos deu abundância, a fim de que possais suprir-lhes as necessidades que pela industriosidade e economia não são capazes de suprir. Não espereis até que chamem vossa atenção para as suas necessidades. Agi como fazia Jó. Aquilo que não sabia, ele investigava. Ide a um giro de inspeção e verificai o que é necessário, e como melhor pode ser suprido. -- Testemunhos Selectos 2:42, 43. BS 183 3 Não esperemos que nos procurem -- Pobreza e miséria nas famílias virão ao nosso conhecimento, e os aflitos e sofredores terão de ser socorridos. ... Não espereis que venham a vós. Notai suas roupas pobres e ajudai-os, se necessitam de auxílio. Devemos investir recursos a fim de ajudar moços e moças a se instruírem para levar o evangelho aos pobres, ajudar os que se aventuraram pela fé a tomar posição na plataforma da verdade eterna, se por haverem assim procedido, ficaram em situação difícil. Onde houver casos de necessidade especial o pastor deve estar preparado para socorrer os que estão em pobreza pelo amor da verdade. -- Manuscrito 25, 1894. BS 184 1 Ajudar os novos conversos que ficam desempregados -- Em nosso trabalho de beneficência deve dar-se especial atenção aos que, pela apresentação da verdade, convencem-se e se convertem. Devemos manifestar apreço pelos que têm a coragem moral de aceitar a verdade, e assim perdem sua posição e não conseguem trabalho com que sustentar suas famílias. Deve fazer-se provisão para ajudar os que são dignamente pobres, e prover emprego aos que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Não devem ser deixados sem ajuda, a fim de que não venham a sentir que precisam trabalhar no sábado ou passar fome. Os que assumem posição ao lado do Senhor devem ver nos adventistas do sétimo dia um povo cordial, abnegado, altruísta, que alegremente e com prazer ministram a seus irmãos em necessidade. É especialmente desta classe que o Senhor fala quando diz: "E recolhas em casa os pobres desabrigados." Isaías 58:7. -- Testimonies for the Church 6:85. BS 184 2 Terras para famílias pobres -- Onde a escola é estabelecida [na Austrália] deve haver terra para pomares e hortas, a fim de que os estudantes tenham exercício físico combinado com esforço mental e alguns possam pagar a metade e outros a totalidade de sua taxa escolar. Deve-se também comprar terreno a fim de que famílias que não conseguem trabalho nas cidades por causa da observância do sábado possam adquirir pequenas propriedades agrícolas e assim ganhar a sua própria subsistência. Esta é uma necessidade positiva neste país. Educação sobre o trato com o solo deve ser provida, e devemos esperar que o Senhor abençoe este esforço. -- Manuscrito 23, 1894. BS 185 1 Nosso dever para com famílias pobres -- São com freqüência feitas perguntas com respeito a nosso dever para com os pobres que abraçam a terceira mensagem angélica; e nós mesmos temos por muito tempo estado ansiosos de saber como lidar prudentemente no caso de famílias pobres que abraçam o sábado. Enquanto nos achávamos porém, em Roosevelt, N. Y., a 3 de Agosto de 1861, foram-me mostradas algumas coisas relativamente aos pobres. BS 185 2 Deus não exige que nossos irmãos tomem a seu cargo toda família pobre que abraça a mensagem. Caso o fizessem, os pastores teriam de deixar de entrar em novos campos, pois os fundos ficariam exauridos. Muitos são pobres devido a sua própria falta de diligência e economia; eles não sabem manejar devidamente os recursos. Se fossem ajudados isto lhes seria prejudicial. Alguns serão sempre pobres. Caso lhes fossem proporcionadas as melhores vantagens, isto não os ajudaria. Eles não calculam bem, e gastariam todos os meios que pudessem obter, fossem muitos ou poucos. BS 185 3 Alguns nada sabem do que seja renúncia e economia para se manterem livres de dívidas, e juntarem um pouco para uma ocasião de necessidade. Se a igreja devesse ajudar tais pessoas em vez de deixá-las contar com os próprios recursos, isto afinal as prejudicaria; pois olham à igreja, e esperam receber auxílio dela, e não exercem abnegação e economia quando estão bem providas. E se não receberem auxílio de cada vez, Satanás as tenta e ficam suspeitosas, e muito escrupulosas por seus irmãos, temendo que eles deixem de fazer tudo quanto é seu dever para com elas. O erro está de seu próprio lado. Acham-se enganadas. Não são os pobres do Senhor. BS 186 1 As instruções dadas na Palavra de Deus quanto a ajudar os pobres, não dizem respeito a esses casos, mas aos infortunados e aflitos. Em Sua providência, Deus tem pessoas aflitas a fim de provar a outros. As viúvas e os inválidos estão na igreja para se demonstrarem uma bênção para ela. Fazem parte dos meios escolhidos por Deus para desenvolver o verdadeiro caráter dos professos seguidores de Cristo, e pôr em exercício os preciosos traços de caráter manifestados por nosso compassivo Redentor. BS 186 2 Muitos que mal podem viver enquanto solteiros, decidem casar-se e constituir família, quando sabem que nada têm com que a sustentar. E pior ainda, não têm governo de família. Toda a sua orientação na mesma é assinalada por seus hábitos frouxos, negligentes. Pouco é o domínio que exercem sobre si mesmos, são apaixonados, impacientes e irritadiços. Quando essas pessoas abraçam a mensagem, sentem-se com direito à assistência de seus irmãos mais abastados; e se sua expectativa não é satisfeita, queixam-se da igreja, e acusam os irmãos de não viverem segundo a fé. Quais devem ser os sofredores nesse caso? Deve a causa de Deus ser solapada, e exaurido o tesouro em muitos lugares, para cuidar dessas grandes famílias pobres? Não. Os pais é que devem sofrer. Em geral eles não sofrerão mais necessidade depois de abraçarem o sábado, do que sofriam antes. BS 186 3 Há entre os pobres um mal que, a menos que o vençam, se demonstrará por certo sua ruína. Eles abraçaram a verdade com seus hábitos vulgares, rudes, não cultivados, e leva tempo até que vejam e compreendam sua vulgaridade, e que ela não está em harmonia com o caráter de Cristo. Olham para outros que são mais bem ordenados e mais polidos, como sendo orgulhosos, e podeis ouvi-los dizer: "A verdade nos abaixa todos ao mesmo nível." É porém, completo engano pensar que a verdade abaixa a quem a recebe. Ela o eleva, apura-lhe o gosto, santifica-lhe o discernimento e, caso seja vivida, vai continuamente habilitando-o para a sociedade dos santos anjos da cidade de Deus. A verdade destina-se a elevar-nos todos a um nível. BS 187 1 Os mais capazes devem sempre desempenhar uma nobre e generosa parte em seu trato com os irmãos mais pobres, e dar-lhes também bons conselhos, e deixá-los então combater o combate da vida. Foi-me mostrado, porém, que repousa sobre a igreja um soleníssimo dever de cuidar especialmente das viúvas pobres, dos órfãos e dos inválidos. -- Testemunhos Selectos 1:92-94. BS 187 2 Conselho sobre trabalho equilibrado -- Cristo não nos ordena que dediquemos aos pobres todo o nosso labor e dons. Temos um trabalho a realizar em favor dos que estão cumprindo a Sua ordem: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura." O incremento ministerial reclama incremento de meios. ... BS 187 3 Quando gastardes dinheiro considerai: "Estou encorajando a prodigalidade?" Quando derdes aos pobres e desamparados, indagai-vos: "Estou ajudando-os ou prejudicando-os?" ... BS 187 4 Pensai nas necessidades do nosso campo missionário em todo o mundo. ... O tempo presente está carregado de interesses eternos. Devemos desdobrar o estandarte da verdade diante do mundo a perecer no erro. Deus convida os homens a se reunirem sob a bandeira ensangüentada de Cristo, a dar a Bíblia ao povo, a multiplicar reuniões campais em diferentes localidades, advertir as cidades, e enviar advertência longe e perto, nos caminhos e valados do mundo. -- Manuscrito 4, 1899. ------------------------Capítulo 22 -- Os pobres de fora da igreja BS 188 1 Suprir as necessidades dos pobres -- Por toda parte, em nosso redor, vemos miséria e sofrimento: famílias com falta do necessário, crianças a pedirem pão. A casa do pobre ressente-se, muitas vezes, da falta de móveis indispensáveis, e de colchões e roupa de cama. Muitos vivem em simples choças, destituídas de todo conforto. O clamor dos pobres chega até aos Céus. Deus vê e ouve. -- Testemunhos Selectos 3:36. BS 188 2 Enquanto, em Sua providência, Deus tem carregado a Terra com Suas munificências, e enchido seus tesouros com os confortos da vida, a falta e a miséria encontram-se por toda parte. A liberal Providência tem colocado nas mãos de Seus instrumentos humanos com que suprir abundantemente as necessidades de todos, mas os mordomos de Deus são infiéis. Gasta-se no professo mundo cristão, em extravagâncias ostentosas, o suficiente para suprir as faltas a todos os famintos e vestir a todos os nus. Muitos que usam o nome de Cristo, estão empregando Seu dinheiro em prazeres egoístas, para satisfação do apetite, em bebida forte e dispendiosos artigos delicados, casas, mobílias e roupas de custo extravagante, ao passo que aos pobres seres humanos em sofrimento, dificilmente concedem um olhar de piedade ou uma palavra de simpatia. BS 188 3 Que miséria existe no próprio centro de nossos chamados países cristãos! Pensai nas condições dos pobres de nossas grandes cidades. Há, nessas cidades, multidões de criaturas humanas que não recebem tanto cuidado e consideração quanto se dispensa aos animais. Há milhares de crianças miseráveis, rotas e meio famintas tendo estampados no rosto o vício e a depravação. Arrebanham-se famílias em promiscuidade em míseros casebres, muitos deles escuros celeiros rescendendo umidade e cheios de imundície. As crianças nascem nesses terríveis lugares. A infância e a juventude nada vêem de atrativo, nada de beleza natural das coisas criadas por Deus para deleite dos sentidos. As crianças são deixadas a crescer e formar o caráter segundo os baixos preceitos, a miséria, os maus exemplos que vêem em torno de si. O nome de Deus, só ouvem proferir de maneira profana. Palavras impuras, o cheiro das bebidas e do fumo, a degradação moral de toda espécie, eis o que se lhes depara aos olhos e perverte os sentidos. E dessas infelizes habitações partem lamentáveis clamores por pão e roupa, clamores saídos de lábios que nada sabem acerca da oração. BS 189 1 Há uma obra a ser feita por nossas igrejas, da qual muitos mal fazem uma idéia, obra até aqui nem tocada, por assim dizer. "Tive fome", diz Cristo, "e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estava na prisão, e fostes ver-Me." Mateus 25:35, 36. Pensam alguns que, se dão dinheiro para esta obra, isto é tudo quanto deles se requer; mas isto é um erro. A dádiva do dinheiro não pode tomar o lugar do serviço pessoal. É direito dar de nossos meios, e muitos mais o deveriam fazer; é-lhes, porém, exigido o serviço pessoal segundo suas oportunidades e suas forças. BS 189 2 A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia de há muito estar realizando. Cumpre-nos mostrar a terna simpatia do samaritano em acudir às necessidades físicas, alimentar o faminto, trazer para casa os pobres desterrados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não se podem ajudar a si mesmos. Isto fazendo, temos favorável ensejo de apresentar a Cristo, o Crucificado. -- Testemunhos Selectos 2:512-514. BS 190 1 Começar por ajudar os vizinhos -- Todo membro de igreja deve considerar seu especial dever o trabalhar pela vizinhança. Cogitai a ver qual a melhor maneira de auxiliar os que não têm interesse nas coisas religiosas. Ao visitardes amigos e vizinhos, manifestai interesse em seu bem-estar temporal e espiritual. Apresentai a Cristo como o Salvador que perdoa o pecado. Convidai os vizinhos a vossa casa, e lede com eles a preciosa Bíblia e os livros que lhes explicam as verdades. Isto, aliado a hinos singelos e fervorosas orações, tocar-lhes-á o coração. Eduquem-se os membros da igreja em assim fazer. Isto é tão essencial como salvar as almas entenebrecidas nos campos estrangeiros. Enquanto uns sentem a preocupação pelas almas distantes, tomem os muitos que se acham na pátria sobre si o encargo das preciosas almas que os rodeiam e trabalhem tão diligentemente como aqueles por sua salvação. BS 190 2 As horas tão freqüentemente passadas em diversões que não refrigeram o corpo nem a alma, devem ser gastas em visitar os pobres, os doentes e os aflitos, ou em ajudar alguém que se ache em necessidade. BS 190 3 Ao tentar ajudar o pobre, o desprezado, o abandonado, não trabalheis por eles trepados no pedestal de vossa dignidade e superioridade, pois por essa maneira nada conseguireis. Convertei-vos verdadeiramente, e aprendei dAquele que é manso e humilde de coração. Cumpre-nos ter sempre o Senhor diante de nós. Como servos de Cristo, dizei sempre, para que o não esqueçais: "Fui comprado por preço." BS 190 4 Deus pede não somente vossa beneficência, mas um semblante satisfeito, palavras de esperança, o aperto de vossa mão. Ao visitardes os aflitos do Senhor, encontrareis alguns a quem a esperança já abandonou; levai-lhes de volta os seus raios. Outros há que carecem do pão da vida; lede-lhes a Palavra de Deus. Há em outros uma enfermidade da alma que bálsamo algum terrestre pode lenir, nenhum médico poderia curar; orai por esses e levai-os a Jesus. BS 191 1 Em ocasiões especiais, alguns cedem ao sentimentalismo, o qual leva a movimentos impulsivos. Talvez eles pensem estar assim prestando grande serviço a Cristo, mas não é assim. Seu zelo logo descai, e então fica negligenciado o serviço de Cristo. Não são serviços intermitentes que o Senhor aceita; não é por acessos emocionais de atividade que podemos fazer bem a nosso próximo. Os esforços esporádicos para fazer o bem, dão muitas vezes em resultado mais dano que benefício. -- Testemunhos Selectos 2:514, 515. BS 191 2 Dar o auxílio apropriado -- Os métodos de ajuda aos pobres e necessitados devem ser considerados cuidadosamente e com oração. Devemos buscar de Deus sabedoria, pois Ele sabe melhor que os limitados mortais como cuidar das criaturas que fez. Alguns há que dão indiscriminadamente a qualquer que lhes peça auxílio. Nisto erram. Procurando ajudar os necessitados devemos ser cuidadosos em dar-lhes a devida espécie de auxílio. Há os que quando ajudados continuam a se fazerem especial objeto de auxílio. Continuarão a ser dependentes enquanto virem alguém de quem depender. Dando tempo e atenção indevidos a tais pessoas podemos encorajar a indolência, a dependência, a extravagância e a intemperança. BS 191 3 Quando dermos aos pobres devemos considerar: "Estou encorajando a prodigalidade? Estou ajudando-os ou prejudicando-os?" Ninguém que possa ganhar a sua própria subsistência tem o direito de depender de outros. BS 192 1 O provérbio: "O mundo deve-me o sustento", traz em si a essência da falsidade, da fraude e do logro. O mundo deve a subsistência a quem quer que seja capaz de trabalhar e ganhar o próprio sustento. Mas se alguém nos chega à porta e solicita alimento, não devemos deixá-lo partir faminto. Sua pobreza pode ser o resultado de má sorte. BS 192 2 Devemos ajudar os que, possuindo família numerosa para ser sustentada, travam constante batalha com debilidade e pobreza. Muita mãe viúva, com seus filhos sem pai, está trabalhando muito além de suas forças para poder conservar os filhinhos consigo e prover-lhes alimento e roupa. Muitas dessas mães têm morrido em conseqüência da sobrecarga. Cada viúva necessita o conforto de palavras de esperança e coragem, e há muitas que deveriam receber substancial auxílio. -- Idem, 227, 228. BS 192 3 Anotar cada caso de necessidade -- É desígnio de Deus que o rico e o pobre estejam intimamente ligados pelos laços da simpatia e da assistência. Manda-nos que nos interessemos em todo caso de sofrimento e necessidade que nos venha ao conhecimento. BS 192 4 Não julgueis abaixo de vossa dignidade o servir à humanidade sofredora. ... BS 192 5 Muitas pessoas que não pertencem a nossa fé, estão anelando o próprio auxílio que os cristãos têm o dever de dar. Caso o povo de Deus mostrasse genuíno interesse em seu próximo, muitos seriam alcançados pelas verdades especiais para este tempo. Coisa alguma dará, ou jamais poderá dar reputação à obra, como ajudar o povo indo ao seu encontro onde se acham. Milhares de pessoas poder-se-iam estar regozijando na mensagem, se aqueles que professam amar a Deus e guardar-Lhe os mandamentos, trabalhassem como Cristo trabalhava. -- Testemunhos Selectos 2:516-518. BS 192 6 O melhor caminho para alcançar corações hoje -- Podemos alcançar melhor os corações manifestando interesse pela humanidade necessitada e sofredora. A cultura da mente e do coração é alcançada com muito mais facilidade quando manifestamos em outros tal terna simpatia a ponto de espalharmos nossos benefícios e privilégios no sentido de aliviar-lhes as necessidades. -- Carta 116, 1897. BS 193 1 Precisamos representar a Cristo procurando alcançar a outros. Devemos trabalhar sob a ordem que Cristo deu a Seus discípulos: "Portanto ide, e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos." Nossa obra é, portanto, alcançar as pessoas que temos negligenciado e ganhá-las para Cristo. BS 193 2 Até recentemente nosso povo tem feito pouco ou nenhum esforço para ajudar a esses. Cristo veio não para chamar os justos mas o pecadores ao arrependimento. Ele gostaria que cada alma considerasse a eficácia do Seu sangue como de ilimitado valor, capaz de salvar perfeitamente a todos que forem persuadidos a vir a Ele. Ele deseja que cada indivíduo de nossa raça, formado a Sua imagem, lembrasse que Deus é infinito, e que o Seu amor revelado na expiação de Cristo em favor de toda a humanidade, torna manifesto o valor que atribui à humanidade. Ele os convida a virem a Ele para serem salvos. Devemos ir à Fonte de toda a misericórdia. Ele usará homens como Seus instrumentos para salvar do pecado a seus semelhantes. -- Carta 33, 1898. ------------------------Capítulo 23 -- Ajudando os pobres a se ajudarem BS 194 1 Ensinar aos pobres a manterem-se -- Homens e mulheres de Deus, pessoas de discernimento e sabedoria, devem ser designados para cuidar dos pobres e necessitados, dando o primeiro lugar aos domésticos da fé. Essas pessoas devem relatar à igreja, e aconselharem-se quanto ao que deve ser feito. BS 194 2 Em vez de animar os pobres a pensarem que podem receber sua comida e bebida de graça, ou quase de graça, precisamos colocá-los em situação de se ajudarem a si mesmos. Devemos esforçar-nos por prover-lhes trabalho e, se necessário, ensiná-los a trabalhar. Ensine-se os membros de famílias pobres a cozinhar, a fazer e remendar suas roupas, e cuidar devidamente do lar. Ensine-se aos rapazes e meninas, de maneira cabal, algum ofício ou ocupação útil. Precisamos educar os pobres a dependerem de si mesmos. Isto será real auxílio, pois não somente os faz capazes de se manterem por si, como os habilitará a ajudarem aos outros. -- Testemunhos Selectos 2:516. BS 194 3 Um chamado a homens de responsabilidades e de meios -- Há de surgir muitas vezes a pergunta: Que se pode fazer onde prevalece a pobreza e ela tem de ser enfrentada a cada passo? Em tais circunstâncias como podemos imprimir nas mentes a idéia correta de aproveitamento? Certamente o trabalho é difícil; e a menos que os professores, os homens pensantes e os que têm meios exerçam sua capacidade e ajudem tal como Cristo faria se estivesse em seu lugar, uma importante obra será deixada por fazer. A necessária reforma jamais será feita a menos que homens e mulheres sejam ajudados por uma força fora de si mesmos. Os que têm talentos e capacidade devem usar esses dons para abençoar os seus semelhantes, laborando no sentido de colocá-los em posição de poderem se ajudar a si mesmos. Assim é que a educação adquirida em nossas escolas deve ser usada da melhor maneira possível. BS 195 1 Os talentos por Deus confiados não devem ser escondidos debaixo do alqueire ou da cama. "Vós sois a luz do mundo", disse Cristo em Mateus 5:14. Ao verdes famílias morando em barracos, com escasso mobiliário e roupas, sem utensílios, sem livros ou outros indicativos de refinamento em seus lares, mostrar-vos-eis interessados neles, esforçando-vos por ensinar-lhes como usar suas energias com o maior proveito, a fim de que progridam e sua obra vá avante? -- Testimonies for the Church 6:188, 189. BS 195 2 A palavra de Deus mostra a solução do problema -- Há homens e mulheres de coração grande, os quais meditam ansiosamente na situação dos pobres, e nos meios pelos quais possam ser aliviados. Como podem os desempregados e os que não têm lar ser ajudados em obter as bênçãos comuns da providência de Deus, e viver a vida que Ele intentava que o homem vivesse, é um problema a que muitos estão, com sincero afã, buscando uma solução. ... BS 195 3 Dessem os homens mais atenção aos ensinos da Palavra de Deus, e encontrariam uma solução a esses problemas que os desconcertam. Muito se poderia aprender do Velho Testamento quanto à questão do trabalho e do alívio aos pobres. BS 195 4 No plano de Deus para Israel, toda família tinha um lar na Terra, e terreno suficiente para plantações. Assim eram proporcionados, tanto os meios como o incentivo para uma vida útil, industriosa e independente. E nenhuma medida humana já excedeu a esse plano. Ao se haver apartado o mundo dele deve-se, em grande parte, a pobreza e a miséria que hoje existem. ... BS 196 1 Em Israel, era considerado um dever o preparo industrial. Exigia-se de cada pai que ensinasse a seus filhos algum ofício útil. Os maiores homens em Israel eram capacitados para atividades industriais. O conhecimento dos deveres pertencentes ao governo da casa, era considerado essencial a toda mulher. E a habilidade nesses deveres era considerada uma honra para as mulheres da mais alta posição. Várias indústrias eram ensinadas nas escolas dos profetas, e muitos dos alunos se mantinham a si mesmos por meio de trabalho manual. ... BS 196 2 O plano de vida que Deus deu a Israel, destinava-se a servir de lição objetiva para toda a humanidade. Fossem esses princípios postos em prática hoje em dia, quão diverso seria o mundo! -- A Ciência do Bom Viver, 183-185, 188. BS 196 3 Multidões podem encontrar lares na terra -- Dentro dos vastos limites da Natureza, ainda há margem para os sofredores e necessitados acharem um lar. Há ainda, dentro de seu seio, recursos suficientes para lhes fornecer alimento. Ocultas nas profundezas da terra, existem bênçãos para todos quantos têm a coragem, a força de vontade e a perseverança de lhe recolher os tesouros. BS 196 4 O cultivo do solo -- o emprego designado por Deus ao homem no Éden -- abre um campo que oferece a multidões oportunidade para ganhar a subsistência. ... BS 196 5 Se os pobres agora aglomerados nas cidades, encontrassem habitações no campo, poderiam, não somente ganhar a subsistência, mas encontrar a saúde e a felicidade que hoje desconhecem. Trabalho árduo, comida simples, estrita economia, muitas vezes durezas e privações, eis o que seria sua sorte. Mas que bênçãos lhes seria deixar a cidade com suas excitações para o mal, sua agitação e crime, sua miséria e torpeza, para a quietação, a paz e pureza do campo!... BS 197 1 Se hão de tornar-se um dia industriosos e independentes, muitos precisam ter auxílio, encorajamento e instrução. Há multidões de famílias pobres pelas quais não se poderia fazer nenhum melhor trabalho missionário do que ajudá-las a se estabelecerem no campo, e aprenderem a tirar dele um meio de vida. BS 197 2 A necessidade de tal auxílio e instrução não se limita às cidades. Mesmo no campo, com todas as suas possibilidades quanto a uma vida melhor, multidões de pobres se acham em grande aperto. Localidades inteiras estão destituídas de educação em assuntos industriais e higiênicos. ... BS 197 3 Almas embrutecidas, corpos fracos e mal formados, mostram os resultados da má hereditariedade e dos hábitos errôneos. Estas pessoas devem ser educadas principiando com os próprios fundamentos. Têm vivido uma vida frouxa, ociosa, corrupta, e precisam ser exercitadas nos hábitos corretos. BS 197 4 Como podem elas ser despertadas para a necessidade de melhoria? Como podem ser encaminhadas para um mais elevado ideal de vida? Como podem ser ajudadas a se erguer? Que se pode fazer onde domina a pobreza, tendo-se com ela de lutar a cada passo? -- Idem, 188-192. BS 197 5 Uma obra para fazendeiros cristãos -- Os agricultores cristãos podem fazer um verdadeiro trabalho missionário em ajudar os pobres a encontrar um lar no campo, e ensinar-lhes a lavrar o solo e torná-lo produtivo. Ensinai-os a servir-se dos instrumentos de agricultura, a cultivar as várias plantações, a formar pomares e cuidar deles. BS 197 6 Muitos dos que lavram o solo deixam de colher a devida retribuição por causa de sua negligência. Seus pomares não são devidamente cuidados, as sementes não são semeadas no tempo conveniente, e a obra de revolver a terra é feita de modo superficial. Seu mau êxito, lançam eles à conta da esterilidade do solo. Dá-se muitas vezes um falso testemunho ao condenar uma terra que, devidamente cultivada, havia de produzir fartos lucros. A estreiteza dos planos, o pequeno esforço desenvolvido, o pouco estudo feito quanto aos melhores processos clamam em alta voz por uma reforma. -- Idem, 193. BS 198 1 Até mesmo os mais pobres podem cultivar os seus arredores levantando-se cedo e trabalhando diligentemente. ... É mediante esforço diligente, fazendo o uso mais sábio de cada capacidade, aprendendo a não malbaratar o tempo que se tornarão bem-sucedidos em melhorar suas propriedades e cultivar sua terra. -- Testimonies for the Church 6:188, 189. BS 198 2 Estabelecimento de indústrias -- Deve-se dar atenção ao estabelecimento de várias indústrias, para que famílias pobres possam assim encontrar colocação. Carpinteiros, ferreiros, enfim todos quantos têm conhecimento de algum ramo de trabalho útil, devem sentir a responsabilidade de ensinar e ajudar o ignorante e o desempregado. BS 198 3 No serviço aos pobres há, para as mulheres, um vasto campo de utilidade, da mesma maneira que para os homens. A eficiente cozinheira, a dona-de-casa, a costureira, a enfermeira -- de todas elas é necessário o auxílio. ... BS 198 4 Necessitam-se famílias missionárias que se estabeleçam em lugares incultos. Que agricultores, financistas, construtores e os que são hábeis em várias artes e ofícios, vão para os campos negligenciados para melhorar a terra, estabelecer indústrias, preparar lares modestos para si mesmos e ajudar a seus vizinhos. -- A Ciência do Bom Viver, 193, 194. BS 198 5 Ajudar os homens a se ajudarem -- Dando instruções em atividades práticas, podemos muitas vezes ajudar os pobres da maneira mais eficaz. Em regra, os que não foram exercitados no trabalho, não têm hábitos de indústria, perseverança, economia e abnegação. Não sabem se dirigir. Freqüentemente, por falta de cuidado e são discernimento, há desperdícios que lhes manteriam a família com decência e conforto, fossem cuidadosa e economicamente empregados. "Abundância de mantimento há na lavoura do pobre, mas alguns há que se consomem por falta de juízo." BS 199 1 Podemos dar aos pobres, e prejudicá-los, ensinando-os a depender de outros. ... BS 199 2 A verdadeira caridade ajuda os homens a se ajudarem a si mesmos. ... BS 199 3 A verdadeira beneficência significa mais que simples dádivas. Importa num real interesse no bem-estar dos outros. Cumpre-nos buscar compreender as necessidades dos pobres e dos aflitos, e conceder-lhes o auxílio que mais benefício lhes proporcione. Dedicar pensamentos e tempo e esforço pessoal, custa muitíssimo mais que dar meramente dinheiro. Mas é a verdadeira caridade. -- Idem, 194, 195. BS 199 4 Necessários esforço físico e poder moral -- Esforço físico e poder moral devem estar unidos em nossos esforços para regeneração e reforma. Devemos procurar adquirir conhecimento tanto no campo temporal como no espiritual, a fim de podermos comunicá-lo a outros. Devemos procurar viver o evangelho em todos os seus ângulos, a fim de que suas bênçãos temporais e espirituais sejam sentidas ao redor de nós. -- Testimonies for the Church 6:189. BS 199 5 Causar prejuízo involuntário -- Podemos errar ao dar aos pobres donativos que não lhes seriam uma bênção, levando-os a sentir que não precisam esforçar-se e praticar a economia, visto que outros não permitirão que sofram. Não devemos apoiar a indolência nem encorajar hábitos de indulgência consigo mesmos, fornecendo-lhes os meios para tanto. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 293. BS 199 6 Podeis dar aos pobres e prejudicá-los, porque lhes ensinais a serem dependentes. Ensinai-lhes, em vez disto, a manterem a si mesmos. Isto será verdadeira ajuda. Os necessitados precisam ser postos em posição que lhes permita ajudarem a si mesmos. -- Manuscrito 46, 1898. BS 200 1 Os indolentes não devem ser sustentados -- A Palavra de Deus ensina que se alguém não trabalha, também não coma. O Senhor não exige que o que trabalha duro sustente os não diligentes. Há um desperdício de tempo, uma ausência de esforço, que conduz à pobreza e indigência. Se essas faltas não são vistas e corrigidas pelos que as toleram, tudo que se fizer em seu benefício é como pôr tesouros num cesto furado. Mas há uma pobreza inevitável, e devemos manifestar ternura e compaixão com os desafortunados. -- The Review and Herald, 3 de Janeiro de 1899. BS 200 2 Devem os pobres procurar conselho -- Há uma classe de irmãos pobres que não estão livres de tentação. Eles são maus administradores, não possuem bom senso. Desejam obter meios sem passar pelo demorado processo de trabalho diligente. Alguns têm tanta pressa de melhorar sua situação, que se envolvem em vários empreendimentos sem consultar pessoas de bom senso e experiência. Suas expectativas raramente se concretizam. Em vez de ganhar, perdem, e então surgem a tentação e a disposição de invejar os ricos. Eles realmente desejam ser beneficiados pela riqueza de seus irmãos, e quando não o são, afligem-se. Mas esses não são merecedores de ajuda especial. Eles sabem que seus esforços foram dispersivos. Mostram-se inconstantes nos negócios e cheios de ansiedade e cuidados que apresentam apenas pequeno retorno. Tais pessoas deveriam ouvir o conselho dos irmãos mais experientes. Freqüentemente, porém, são os últimos a buscar conselho. Pensam que possuem discernimento superior e não necessitam ser ensinados. BS 201 1 São esses os que muitas vezes são enganados pelos espertos e astutos vendedores dos direitos de patente, cujo sucesso depende da arte do engano. Deveriam aprender a não lhes dar confiança. Mas os irmãos são crédulos com relação às próprias coisas que deveriam suspeitar e evitar. Não levam a sério a instrução de Paulo a Timóteo: "Mas é grande ganho a piedade com contentamento." "Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes." Não pensem os pobres que os ricos são os únicos cobiçosos. Enquanto o rico se apega ao que tem com avidez e busca obter ainda mais, o pobre está em grande perigo de cobiçar a riqueza do rico. -- Testimonies for the Church 1:480, 481. BS 201 2 Disposição para receber conselho -- Falta a muitos sábia administração e espírito de economia. Não pesam devidamente as coisas nem agem com cautela. Essas pessoas não deviam confiar em seu deficiente discernimento, mas aconselhar-se com seus irmãos experientes. Aqueles a quem falta discernimento e senso de economia muitas vezes não gostam de pedir conselho. Geralmente pensam que sabem como conduzir seus negócios temporais, e não sentem disposição de pedir conselho. Fazem maus negócios e sofrem em conseqüência. Seus irmãos sofrem também ao verem que eles sofrem, e os ajudam a sair da dificuldade. Sua má administração afeta a igreja. Retira do tesouro de Deus os meios que devem ser usados para a propagação da causa da verdade presente. BS 201 3 Se esses pobres irmãos adotassem uma conduta humilde e estivessem dispostos a serem orientados e aconselhados por seus irmãos, e então fossem levados a uma situação difícil, seus irmãos deveriam sentir ser seu dever ajudá-los alegremente a sair da dificuldade. Mas se eles escolhem o seu próprio caminho e confiam em seu discernimento, devem ser deixados a experimentar todas as conseqüências de sua própria desavisada conduta, e aprender por dura experiência que "na multidão de conselheiros há sabedoria". O povo de Deus deve viver em sujeição mútua. Devem aconselhar-se uns com os outros, a fim de que a falta de um seja suprida pela suficiência do outro. -- The Review and Herald, 18 de Abril de 1871. BS 202 1 A maioria dos pobres podia ajudar-se a si mesma -- Há em nossa terra de abundância poucos que são realmente tão pobres que necessitem de auxílio. Se tomassem um caminho certo, poderiam, quase em cada caso, colocar-se acima das necessidades. Meu apelo aos ricos, é: Reparti liberalmente com vossos irmãos pobres, e usai vossos meios para o avançamento da causa de Deus. Os pobres merecedores, os que empobrecem por má sorte ou doenças, merecem vosso especial cuidado e auxílio. "Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes." -- Testimonies for the Church 1:481. BS 202 2 Observai a regra áurea -- Deus muitas vezes desperta alguém que livre os pobres de serem levados a situações que seriam perda para eles, mesmo que isto seja para seu prejuízo. Este é o dever do homem para com seu semelhante. Tirar vantagem da ignorância de uma pessoa porque ela não está apta a discernir as conseqüências de um determinado procedimento, não é correto. É dever de seu irmão pessoalmente expor-lhe a questão de maneira clara e fiel, com todos os pormenores, para não agir cegamente, e invalidar os recursos a que tem direito. Quando os homens observam a regra áurea: Fazei aos outros o que quereis que os outros vos façam, muitas dificuldades agora existentes seriam depressa contornadas. -- Carta 85, 1896. ------------------------Capítulo 24 -- Devem os pobres exercer a benevolência BS 203 1 Não importa a quantidade, mas a prontidão do amor -- Os pobres não estão excluídos do privilégio de dar. Eles, bem como os ricos, podem desempenhar uma parte nesta obra. A lição que Cristo deu com relação às duas moedas da viúva mostra que as menores ofertas voluntárias dos pobres, se dadas de coração amorável, são tão bem aceitas como os maiores donativos dos ricos. Nas balanças do santuário as ofertas dos pobres, oriundas do amor a Cristo, são estimadas não segundo a importância dada, mas segundo o amor que constrange ao sacrifício. -- The Review and Herald, 10 de Outubro de 1907. BS 203 2 Também dos pobres se requer sacrifício -- Alguns que são pobres em bens deste mundo estão prontos a lançar todo franco testemunho sobre os ombros dos homens de posse. Mas eles não compreendem que lhes toca também uma obra a fazer. Também deles Deus requer sacrifício -- Idem, 18 de Abril de 1871. BS 203 3 Ela fez o que pôde -- O Salvador chamou a Si os discípulos, e convidou-os a notar a pobreza da viúva. Então soaram aos ouvidos dela Suas palavras de louvor: "Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva." Lágrimas de alegria lhe encheram os olhos, ao ver que seu ato era compreendido e apreciado. Muitos tê-la-iam aconselhado a guardar seu escasso recurso para o próprio uso; dado às mãos dos bem nutridos sacerdotes, perder-se-ia de vista entre os muitos custosos dons levados ao tesouro. Mas Jesus entendeu-lhe o motivo. Ela cria que o serviço do templo era indicado por Deus, e estava ansiosa por fazer tudo que lhe era possível para sua manutenção. Fez o que pôde e sua ação serviria de monumento a sua memória, através dos tempos, e alegria na eternidade. O coração acompanhou-lhe a dádiva; seu valor foi estimado, não pela importância da moeda, mas pelo amor para com Deus e o interesse para com Sua obra, que a motivaram. BS 204 1 Jesus disse da viúva pobre: Ela "lançou mais do que todos". Os ricos deram de sua abundância, muitos deles para serem vistos e honrados pelos homens. Seus grandes donativos não os privaram de nenhum conforto, nem mesmo do luxo; não tinham exigido nenhum sacrifício que pudesse ser comparado, em valor, com as moedas da viúva. BS 204 2 É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista, e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. A viúva pobre deu sua subsistência para fazer o pouco que fez. Privou-se de alimento para oferecer aquelas duas moedinhas à causa que amava. E fê-lo com fé, sabendo que seu Pai celestial não passaria por alto sua grande necessidade. Foi esse espírito abnegado e essa infantil fé que atraiu o louvor do Senhor. BS 204 3 Existem entre os pobres muitos que anelam manifestar gratidão para com Deus por Sua graça e verdade. Desejam ardentemente tomar parte, com seus irmãos mais prósperos, na manutenção de Seu serviço. Essas almas não devem ser repelidas. Permita-se-lhes pôr suas moedas no banco do Céu. Dadas com o coração cheio de amor para com Deus, essas ninharias aparentes tornam-se dádivas consagradas, inapreciáveis ofertas que Deus aprova e abençoa. -- O Desejado de Todas as Nações, 615, 616. BS 205 1 Como a igreja da Macedônia correspondeu -- Escreve Paulo à igreja de Corinto: "Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação houve abundância de seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, pedindo-nos com muitos rogos a graça e comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe esta graça entre vós." BS 205 2 Houvera uma fome em Jerusalém, e Paulo sabia que muitos dos cristãos se haviam dispersado, e que os que haviam ficado estariam da mesma maneira privados de simpatia humana e expostos à inimizade religiosa. Exortou, portanto, as igrejas a enviarem assistência pecuniária a seus irmãos em Jerusalém. A importância arrecadada pela igreja excedera à expectativa dos apóstolos. Constrangidos pelo amor de Cristo, os crentes deram liberalmente, e encheram-se de alegria por exprimirem assim sua gratidão ao Redentor e seu amor pelos irmãos. Isto é a verdadeira base da caridade, segundo a Palavra de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:509. BS 205 3 Segundo os talentos que possuímos -- Lemos da igreja em Macedônia que "no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza de sua generosidade". Pode então qualquer de nós que professe o cristianismo pensar que estará desculpado por nada fazer pela verdade em virtude de ser pobre? Consideramos a luz preciosa da verdade como um inexprimível, inexaurível tesouro. Devemos exercer influência na proporção dos talentos que nos foram confiados, sejamos ricos ou pobres, elevados ou humildes, ignorantes ou cultos. Somos servos de Jesus Cristo, e o Senhor espera que façamos o melhor que nos for possível. -- The Review and Herald, 4 de Setembro de 1894. BS 206 1 Aos pobres não deve ser negada a bênção de dar -- Repousa sobre os ministros de Cristo a responsabilidade de ensinar as igrejas a serem liberais. Mesmo os pobres devem ter uma parte na apresentação das ofertas a Deus. Devem ser participantes da graça de Cristo em negar o eu para ajudar aqueles cuja necessidade é mais premente que a deles próprios. Por que se há de negar aos santos pobres a bênção de dar para ajudar os que são ainda mais pobres que eles mesmos? A obra de educar o povo ao longo dessa linha de conduta tem sido negligenciada, e as igrejas têm deixado de dar para as necessidades das igrejas mais pobres, e assim a bênção que lhes pertenceria tem sido retida, e retida será até que adquiram o senso de sua negligência. -- Ibidem. ------------------------Capítulo 25 -- Nosso dever para com os desafortunados BS 209 0 Porque eu livrava o miserável que clamava, como também o órfão que não tinha quem o socorresse. A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva. ... Eu era o olho do cego, e os pés do coxo; dos necessitados era pai, e as causas de que eu não tinha conhecimento inquiria com diligência. Jó 29:12-16. BS 209 1 Piedade para com os cegos, coxos e afligidos -- Aos que mostram piedade para com os desafortunados, os cegos, os coxos, os afligidos, as viúvas, os órfãos e necessitados, Cristo considera como guardadores dos mandamentos, os quais terão a vida eterna. -- Testimonies for the Church 3:512. BS 209 2 Fria manifestação de simpatia -- Em vista do que o Céu está fazendo pelos perdidos, como podem os que são participantes das riquezas da graça de Cristo deixar de mostrar interesse e simpatia pelos seus semelhantes? Como podem deixar-se levar por orgulho de classe ou de casta e desprezar os desafortunados e pobres? BS 209 3 No entanto é bastante certo que o orgulho de posição que prevalece no mundo e a opressão aos pobres, existe também entre os professos seguidores de Cristo. No que respeita a muitos a simpatia que devia ser manifestada em plena medida para com a humanidade parece gélida. Os homens se apropriam de dons que lhes haviam sido confiados para com eles abençoar a outros. Os ricos oprimem os pobres e usam os meios assim obtidos para satisfazerem o orgulho e o amor da ostentação até mesmo na casa de Deus. ... Não fora haver o Senhor revelado o Seu amor aos pobres, humildes e contritos de coração, este mundo seria um triste lugar para o pobre. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1893. BS 210 1 Colocarmo-nos no lugar do irmão desafortunado -- Quando um homem está lutando honestamente para sustentar-se e a sua família, e ainda assim é incapaz de consegui-lo, sofrendo então necessidade de alimento e roupa, o Senhor não considerará sem culpa nossos irmãos do ministério se olharem com indiferença o problema deste irmão ou lhe prescreverem condições impossíveis de serem preenchidas. ... Devemos fazer nossa a condição de nosso irmão desafortunado. BS 210 2 Qualquer negligência da parte dos que se dizem seguidores de Cristo, uma falha em aliviar as necessidades do irmão ou irmã que está levando o jugo da pobreza e opressão, é registrada nos livros do Céu como feita a Cristo na pessoa de Seus santos. Que ajuste de contas o Senhor terá com muitos, sim, muitos, que apresentam as palavras de Cristo a outros mas deixam de manifestar terna simpatia e consideração por um irmão na fé menos afortunado e menos bem-sucedido que eles. ... BS 210 3 Se conhecêsseis a situação desse irmão, e nenhum esforço fizésseis para aliviá-lo e mudar sua opressão em liberdade, não estaríeis praticando as obras de Cristo, e seríeis culpados perante Deus. Escrevo claramente, pois, segundo a luz que me é dada por Deus, há uma classe de trabalho que é negligenciada. BS 210 4 Pode-se mostrar grande interesse na tarefa organizada de alimentar a infeliz classe que se encontra na pobreza. Nenhuma objeção tenho a isto, mas há um mal-orientado zelo se passamos por alto os casos daqueles que pertencem à família da fé e deixamos o seu clamor de aflitos subir até Deus em virtude do sofrimento que podíamos aliviar e em assim fazendo representar a Cristo em simpatia e amor. O Senhor tem uma controvérsia conosco por causa desta negligência. Ele não pode dizer a qualquer homem ou mulher: "Bem está", a menos que tenham feito bem em representar os atributos de Cristo -- bondade, compaixão e amor -- a seus semelhantes. -- Manuscrito 34, 1894. BS 211 1 Um lar para os que não têm lar -- Anos atrás, foi-me mostrado que o povo de Deus havia de ser provado na questão de estabelecer lares para os desabrigados; que haveria muitos destituídos de lar, em conseqüência de crerem a verdade. Pela oposição e perseguições, crentes ficariam privados de abrigo, e seria dever dos que têm lar abrir de par em par a porta aos que o não têm. Mais recentemente me foi mostrado que Deus haveria de provar Seu povo professo com referência a essa questão. Cristo, por nossa causa Se tornou pobre para que nós, por Sua pobreza, enriquecêssemos. Fez sacrifício para que pudesse prover um lar aos peregrinos e forasteiros que, neste mundo, buscavam uma pátria melhor, isto é, a celestial. Deveriam os objetos de Sua graça, que esperam ser herdeiros da imortalidade, recusar-se a dividir seu lar com os desabrigados e necessitados, ou relutar em fazê-lo? Deveríamos nós, que somos discípulos de Jesus, recusar a estranhos a entrada em nossa porta porque os mesmos não se acham familiarizados com os seus habitantes? BS 211 2 Porventura não tem aplicação a este tempo a injunção do apóstolo: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos"?... Nosso Pai celestial nos põe no caminho bênçãos disfarçadas, mas alguns há que não tocam nelas, temendo que os privem do prazer. Anjos nos contemplam, para ver se aproveitamos as oportunidades de fazer bem, que se acham ao nosso alcance; se queremos abençoar a outros, a fim de que eles, por sua vez, nos abençoem a nós. ... BS 212 1 Tenho ouvido muitos se desculparem de convidar para seu lar e coração os santos de Deus. "Ora, não preparei nada -- nada cozinhei -- eles terão de ir a outro lugar." E neste lugar pode haver outra desculpa, inventada para não acolher os que precisam de hospitalidade, e os sentimentos das visitas são profundamente ofendidos; e partem com impressões desagradáveis em relação ao acolhimento proporcionado por esses professos irmãos e irmãs. Irmã, se não tiveres pão, imita o caso apresentado na Bíblia. Vai ter com teu vizinho e dize: "Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe." Não temos um exemplo de que tal falta de pão jamais se tornasse motivo para recusar entrada a um necessitado. Quando Elias chegou à viúva de Sarepta, ela dividiu seu bocado com o profeta de Deus, e Ele operou um milagre, fazendo com que naquele ato de proporcionar um lar ao Seu servo, e com ele partilhar o alimento, ela própria fosse sustentada, e conservada também a vida do filho. O mesmo se dará no caso de muitos, se isso fizerem de boa mente, para glória de Deus. -- Testimonies for the Church 2:27, 29. BS 212 2 Responsável a igreja pela negligência dos membros -- Deus fará a igreja de _____ responsável, como um corpo, pela conduta errônea de seus membros. Se um espírito egoísta e contrário à simpatia se permite existir em qualquer de seus membros para com os desafortunados, as viúvas, os órfãos, os cegos, os coxos ou que são enfermos no corpo e na mente, Ele esconderá Sua face de Seu povo até que cumpram o seu dever e removam o erro de seu meio. Se qualquer que professe o nome de Cristo represente mal o seu Salvador a ponto de descurar o seu dever para com os aflitos, ou se de qualquer maneira procure tirar a vantagem para si mesmo do mal dos desafortunados, e assim subtrair-lhes recursos, o Senhor torna a igreja responsável pelo pecado de seus membros até que tenham feito tudo que puderem para remediar o mal existente. Ele não atentará para a oração de Seu povo enquanto o órfão, o desprotegido, o coxo, o cego e os enfermos forem negligenciados entre eles. -- Idem, 3:517, 518. BS 213 1 O céu mantém fiel registro -- Cristo considera todo ato de misericórdia, benevolência e atenta consideração para com os desfortunados, cegos, coxos, enfermos e as viúvas e órfãos como feitos a Si mesmo; e essas obras são preservadas nos registros celestiais e serão recompensadas. Por outro lado, um registro será feito no livro contra os que manifestam a indiferença do sacerdote e do levita para com os desafortunados e os que tiram qualquer vantagem do infortúnio de outros. -- Idem, 3:512, 513. ------------------------Capítulo 26 -- Ajudar e animar as viúvas BS 214 1 Direitos das viúvas e dos órfãos -- Entre todos aqueles cujas necessidades demandam o nosso interesse, as viúvas e os órfãos têm os mais fortes direitos a nossa terna simpatia e cuidado. "A religião pura e imaculada diante de Deus o Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas na sua tribulação e guardar-se da corrupção do mundo." BS 214 2 O pai que morreu na fé, repousando na eterna promessa de Deus, deixa os seus amados na plena confiança de que o Senhor cuidará deles. E de que modo o Senhor proverá em favor desses desamparados? Ele não opera um milagre enviando-lhes maná do Céu; não lhes envia corvos para alimentá-los; mas Ele opera um milagre no coração humano. Ele expulsa da alma o egoísmo; franqueia as fontes da benevolência. Prova o amor de Seus professos seguidores submetendo a sua terna misericórdia os aflitos e angustiados, os pobres e órfãos. Há em sentido especial os pequeninos a quem Cristo observa e considera uma ofensa feita a Si próprio o negligenciá-los. Aqueles que os negligenciam estão negligenciando a Cristo na pessoa dos Seus infortunados. Todo ato de bondade a eles feito em nome de Jesus é aceito como se feito a Ele próprio, pois Ele identifica os Seus interesses com os da humanidade sofredora, e a Sua igreja confiou Ele a magna tarefa de ministrar a Jesus ao ajudar e abençoar os necessitados e sofredores. A bênção do Senhor repousará sobre todos que a eles ministrarem com coração bem disposto. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. BS 215 1 Prover auxílio concreto e aliviar o fardo das viúvas -- Muita mãe viúva, com seus filhos destituídos de pai, está-se esforçando valorosamente para levar seu duplo fardo, trabalhando tantas vezes muito além de suas forças a fim de conservar consigo seus pequeninos e prover-lhes às necessidades. Pouco tempo tem ela para os educar e instruir, pouca oportunidade de os rodear de influências que lhes aclarem a vida. Ela necessita de animação, simpatia e auxílio positivo. BS 215 2 Deus nos pede que, na medida do possível, supramos para com essas crianças a falta do pai. Em vez de ficar a distância, queixando-nos de seus defeitos, e dos inconvenientes que possam causar, auxiliai-as por todos os modos possíveis. Buscai ajudar à mãe gasta de cuidados. Aligeirai-lhe a carga. -- A Ciência do Bom Viver, 202, 203. BS 215 3 Tornar-se canais da beneficência de Deus -- Nos lares providos dos confortos da vida, nas despensas e celeiros cheios do fruto das abundantes colheitas, em armazéns abastecidos com os produtos do tear, e nos subterrâneos em que se armazenam a prata e o ouro, tem Deus suprido os meios para a manutenção desses necessitados. Ele nos roga que sejamos condutos de Sua munificência. -- A Ciência do Bom Viver, 202. BS 215 4 Confiado aos prósperos, o auxílio às viúvas -- Os pobres, os destituídos de lar e as viúvas estão entre nós. Ouvi um rico fazendeiro descrever a situação de uma pobre viúva dentre eles. Ele lamentava sua difícil situação, nestes termos: "Não sei como ela irá se arrumar este inverno. Está numa situação apertada agora." Tais pessoas esqueceram o Modelo, e por seus atos, dizem: "Não, Senhor, não podemos beber do copo de abnegação, humilhação e sacrifício de que bebeste, nem ser batizados com os sofrimentos com que foste batizado. Não podemos viver para fazer outros felizes. Nosso negócio é ter cuidado de nós mesmos." BS 216 1 Quem deve saber como as viúvas irão se manter senão aqueles que têm bem cheios os celeiros? Os meios para que elas se mantenham estão à mão. Como ousarão aqueles a quem Deus fez Seus mordomos e a quem confiou meios, retê-los dos necessitados discípulos de Cristo? Ao assim fazerem, retêm-nos de Cristo. Esperais que o Senhor faça chover grãos do céu para suprir os necessitados? Não os colocou Ele antes em vossas mãos, a fim de ajudá-los e abençoá-los por vosso intermédio? Não fez Ele de vós Seus instrumentos nesta boa obra para provar-vos e dar-vos o privilégio de acumular um tesouro no Céu? -- Testimonies for the Church 2:32, 33. BS 216 2 Irmãos, pelo amor de Cristo, enchei vossa vida de boas obras. ... Tudo que tendes pertence a Deus. Sede cuidadosos, para que não acumuleis egoistamente as bênçãos que Ele vos entregou para as viúvas e os órfãos. -- Testimonies for the Church 4:627. BS 216 3 Os Cristãos possuem em abundância para os necessitados -- Os cristãos não são desculpados por permitirem que o clamor das viúvas e as orações dos órfãos subam ao Céu em virtude de sua penosa necessidade, enquanto uma liberal Providência colocou nas mãos desses cristãos abundância para suprimento de suas necessidades. Não permitamos que o clamor das viúvas e dos órfãos atraiam sobre nós, como um povo, a vingança do Céu. No professo mundo cristão o que é gasto em extravagante ostentação, em jóias e ornamentos, daria para suprir as necessidades de todos os famintos e vestir todos os nus em nossas cidades; e ainda assim esses professos seguidores do manso e humilde Jesus não precisariam privar-se do necessário alimento nem do vestuário confortável. Que dirão esses membros da igreja quando confrontados no dia de Deus com os pobres dignos, os aflitos, as viúvas e os órfãos, que têm conhecido a pungente carência para as mínimas necessidades da vida, ao passo que foram despendidos por esses professos seguidores de Cristo para vestuário supérfluo e desnecessários ornamentos expressamente proibidos pela Palavra de Deus, recursos suficientes para suprir todas as suas necessidades? -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. BS 217 1 Não negligenciar os que estão perto -- Com cada donativo e oferta deve existir um apropriado objetivo da parte do doador, que não seja o de sustentar algum indolente, ou ser visto dos homens ou ainda conquistar um bom nome, mas glorificar a Deus pela promoção de Sua causa. Alguns fazem grandes doações à causa de Deus ao passo que seu irmão pobre pode estar sofrendo perto deles sem que eles façam alguma coisa para aliviá-lo. Pequenos atos de bondade praticados por seus irmãos secretamente uniria os seus corações e seria anotado no Céu. Vi que em seus preços e salários o rico devia fazer uma diferença em favor dos aflitos e das viúvas e dos pobres merecedores entre eles. -- Testimonies for the Church 1:194. BS 217 2 Deus ouve a oração da viúva -- As leis dadas a Israel resguardavam especialmente os interesses dos que necessitavam de auxílio. "O estrangeiro não afligirás, nem o oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de alguma maneira os afligirdes, e eles clamarem a Mim, Eu certamente ouvirei o seu clamor. E a Minha ira se acenderá e vos matarei à espada e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos." Êxodo 22:21-24. BS 217 3 Aprendam dessas palavras os de nossas igrejas e os que ocupam cargos de responsabilidade em nossas instituições, quão cuidadosamente o Senhor resguarda os interesses dos que se não podem ajudar a si mesmos. Ele ouve o clamor da viúva por seu filho órfão. Sem dúvida alguma Ele levará a juízo os que desestimam as regras que Ele estabeleceu para preservá-los de danos. BS 218 1 Mas não obstante, a despeito das advertências que Deus tem dado, há os que não temem cometer injustiça para com as viúvas e os órfãos. A palavra do Senhor vem a eles, mas eles não mudam a sua conduta no sentido de socorrer o necessitado. Desviam os ouvidos da súplica do órfão. As lágrimas e orações da viúva nada significam para eles. -- Manuscrito 117, 1903. BS 218 2 Visitar as viúvas -- Visitar as viúvas e os órfãos, conforme a ordenação do apóstolo, é demonstrar simpatia cristã, santificada, para com eles em sua aflição. Devem preservar de maneira sagrada os seus interesses, trabalhar por eles, enfrentar o incômodo para fazer-lhes um favor. Devem dar-lhes conselho cristão; unir-se com eles em oração e ter sempre em mente que Jesus Cristo está presente em todas essas visitas, e que um registro fiel é mantido sobre o objetivo e a obra realizada. Os cristãos darão provas de que são homens e mulheres convertidos. Mostrarão que são leitores da Bíblia, crentes na Bíblia, e que obedecem a cada ordenação da Palavra de Deus. Não procurarão criar simpatia para si mesmos falando desfavoravelmente do esposo ou da esposa. Não se tornarão egoístas, mas terão um coração disposto a fazer bem a outros e a ser uma bênção para a humanidade, pois isto é cristianismo. Andarão circunspectamente e revelarão o caráter de Cristo. Em todo o seu trato com as viúvas e os órfãos farão justamente como desejariam que outros fizessem por suas esposas e filhos tivessem eles de deixá-los na viuvez e orfandade. BS 218 3 Os fatos que devem ter em mente todos os que se dizem filhos de Deus, é que há um Vigia em cada transação de negócio, o qual registra cada ato e obra do transacionador e que este registro permanecerá tal como é escrito até o grande dia em que cada homem receberá segundo as suas obras, a menos que tenha havido arrependimento dos seus erros e estes tenham sido apagados. Qualquer injustiça feita ao santo ou ao pecador será então recompensada harmonicamente. Cristo identifica os Seus interesses em toda aflição do Seu povo. Deus vingará os que tratarem a viúva e o órfão com opressão ou que de qualquer maneira os lesarem. -- Carta 36, 1888. BS 219 1 Não diminui em responsabilidade -- Toda pobre e provada alma necessita luz, necessita de palavras de simpatia, ternura e esperança. Toda viúva necessita o conforto de palavras de esperança e encorajamento que outros puderem conceder. ... BS 219 2 Há uma grande obra a ser feita em nosso mundo, e ao nos aproximarmos do fim da história da Terra ela em nada diminui; mas quando o perfeito amor de Deus existe no coração, coisas maravilhosas se realizarão. Cristo estará no coração do crente como uma fonte de água que salta para a vida eterna. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. ------------------------Capítulo 27 -- O cuidado pelos órfãos BS 220 1 Necessitam-se pais e mães cristãos -- Até que a morte seja tragada pela vitória haverá órfãos que reclamam cuidado, que sofrerão mais que os outros se a terna compaixão e o amorável cuidado dos membros de nossas igrejas não se manifestarem em seu favor. O Senhor nos ordena que recolhamos "em casa os pobres desabrigados". O cristianismo precisa substituir pai e mãe para com esses desabrigados. A compaixão pela viúva e o órfão manifestada em oração e obras subirá em memória diante de Deus para ser afinal recompensada. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. BS 220 2 Cristo diz: "Cuidai destas crianças" -- Crianças sem pai e sem mãe são postos nos braços da igreja, e Cristo diz a Seus seguidores: Tomai estas desamparadas crianças, cuidai delas para Mim e recebereis para isto o vosso salário. Tenho visto muito egoísmo manifestado nestas coisas. A menos que haja alguma evidência especial de que eles próprios serão beneficiados pela adoção em sua família dos que necessitam de lares, alguns se esquivam, e respondem: Não. Não parecem saber ou se preocupar com o fato de os tais estarem salvos ou perdidos. Isto, pensam, não lhes diz respeito. Como Caim, perguntam: "Sou eu guardador de meu irmão?" Não estão dispostos a se darem ao incômodo ou ao sacrifício pelos órfãos, e indiferentemente entregam-nos aos braços do mundo, que, às vezes, está mais disposto a recebê-los do que esses professos cristãos. No dia de Deus se pedirá contas por estes a quem o Céu lhes deu a oportunidade de salvar. Mas desejavam ser desculpados, e não desejavam empenhar-se na boa obra a não ser que daí resultasse proveito para si. Tem-se-me mostrado que os que recusam essas oportunidades de fazer bem ouvirão de Jesus: "Sempre que o deixastes de fazer a um destes Meus pequeninos, a Mim o deixastes de fazer." -- Testimonies for the Church 2:33. BS 221 1 Abri vosso coração e vossos lares -- Meu esposo e eu, embora chamados para árduo labor no ministério, sentimos ser nosso privilégio trazer para dentro de nosso lar crianças que necessitam cuidado, ajudando-as a formar caráter apropriado para o Céu. Não podíamos adotar bebês, pois isto teria monopolizado o nosso tempo e atenção e roubaria ao Senhor o serviço que de nós requer em levar muitos filhos e filhas para Ele. Mas sentimos que a instrução do Senhor em Isaías 58 era para nós, e que Sua bênção nos acompanharia na obediência a Sua Palavra. Todos podem fazer alguma coisa pelos pequeninos necessitados, ajudando a pô-los em lares onde possam ser cuidados. -- Manuscrito 35, 1896. BS 221 2 Há, para todos quantos trabalham para o Mestre, um vasto campo de utilidade no cuidar dessas crianças e jovens que foram privados da vigilante guia dos pais, e da subjugante influência de um lar cristão. Muitos deles herdaram maus traços de caráter; e, se deixados a crescer na ignorância, serão atraídos para o convívio de outros que os levarão ao vício e ao crime. Essas não promissoras crianças precisam ser colocadas em situação favorável para a formação de um caráter reto, de modo a se tornarem filhos de Deus. BS 221 3 Estais vós, que professais ser filhos de Deus, fazendo vossa parte em ensinar a esses que tanto necessitam de ser pacientemente ensinados a irem ao Salvador? Estais desempenhando vossa parte como fiéis servos de Cristo? Estão essas mentes mal formadas, talvez sem muito equilíbrio, recebendo cuidados com aquele amor por Cristo a nós manifestado? A alma das crianças e dos jovens acha-se em perigo de morte, caso sejam eles entregues a si mesmos. Eles necessitam paciente instrução, amor e terno cuidado cristão. Se porventura não houvesse nenhuma revelação a apontar-nos o dever, a própria vista de nossos olhos, e tudo quanto sabemos da inevitável operação de causa e efeito nos devia despertar para salvar esses desafortunados. Pusessem os membros da igreja nessa obra a mesma energia e tato e habilidade que empregam nas relações de negócios comuns da vida, buscassem eles sabedoria em Deus e estudassem diligentemente a maneira de moldarem essas mentes indisciplinadas, e muitas almas prestes a perecer haviam de ser salvas. ... BS 222 1 Irmãos e irmãs, rogo-vos que considereis cuidadosamente essa questão. Pensai nas necessidades dos que não têm pai e mãe. Não se vos comove o coração ao testemunhar-lhes os sofrimentos? Vede se não é possível fazer alguma coisa por esses desamparados. Tanto quanto esteja em vosso poder, fazei um lar para os destituídos de lar. Esteja cada um pronto a fazer uma parte para promover essa obra. Disse o Senhor a Pedro: "Apascenta os Meus cordeiros." Esta ordem nos é dada a nós, e abrindo nosso lar aos órfãos, cooperamos em seu cumprimento. Não permitais que Jesus fique decepcionado convosco. BS 222 2 Tomai essas crianças e apresentai-as a Deus como oferta fragrante. Pedi sobre elas Suas bênçãos, e então moldai-as e afeiçoai-as segundo a ordem de Cristo. Aceitará nosso povo esse santo legado? Em virtude de nossa piedade superficial e da ambição mundana que nutrimos, serão deixados a sofrer aqueles por quem Cristo morreu, a enveredarem por errados caminhos? -- Testemunhos Selectos 2:520-522. BS 222 3 São propriedade de Deus -- Órfãos que são por Deus entregues em depósito aos cristãos são muitas vezes passados por alto e negligenciados, embora tenham sido comprados por preço e sejam tão valiosos à vista de Deus como nós o somos. ... Eles precisam ser cuidados; precisam receber especial atenção. Não tendes melhor maneira de gastar vossos recursos do que abrir-lhes as portas de vosso lar. Quando o Senhor vir que sois fiéis em fazer o que podeis para aliviar a miséria humana, Ele moverá outros a prover meios que sejam empregados no cuidado dos que necessitam auxílio. Os que dilatam o seu coração nesta espécie de obra não fazem mais que cumprir o seu dever. BS 223 1 Cristo é nosso exemplo. Ele era a Majestade do Céu, e no entanto fez mais por nossos semelhantes do que possivelmente qualquer de nós fará. "Sois coobreiros de Deus." Que não se faça qualquer desnecessária despesa na satisfação do orgulho e da vaidade. Ponde vossos centavos e vossas somas maiores no banco do Céu, onde se acumularão. Muitos que têm tido preciosas oportunidades de tomar o jugo de Cristo nesta mui preciosa linha de trabalho têm recusado submeter-se ao jugo. Não têm encontrado prazer na prática da abnegação, recusando tornar seus os casos de pobres e infortunados. Não acatam as ordens de Cristo e nem multiplicam cada talento que o Senhor lhes tem dado, cooperando com os agentes celestiais na busca de pessoas que servirão, honrarão e glorificarão o nome de Cristo. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. BS 223 2 Conselhos a pais adotivos -- Queridos irmão e irmã D: Vossa última visita e a conversa conosco sugeriu-nos muitos pensamentos, dos quais alguns não posso evitar de transpor para o papel. Sinto-me muito pesarosa que E não se tenha comportado corretamente em todas as ocasiões; entretanto, se considerardes bem, não podeis esperar perfeição em jovens de sua idade. As crianças têm faltas e necessitam grande dose de paciente instrução. BS 224 1 Que ele nem sempre tenha sentimentos corretos não é mais do que se pode esperar de um menino de sua idade. Deveis lembrar que ele não tem pai nem mãe nem alguém a quem possa confiar os seus sentimentos, tristezas e tentações. Toda pessoa sente que necessita ter alguém que com ela simpatize. Este menino tem sido jogado daqui para ali, de um lado para outro, e pode ter muitos erros, muitos modos descuidados, com considerável independência e falta de reverência. Mas ele é de muita iniciativa, e com instrução correta e bondoso tratamento, tenho plena confiança que ele não desapontará nossas esperanças, mas compensará totalmente todo o esforço despendido. Levando em conta suas desvantagens, penso que é um menino muito bom. BS 224 2 Quando vos animamos a tomá-lo, fizemo-lo porque críamos perfeitamente que esse era vosso dever, e nisto seríeis abençoados. Não esperávamos que o faríeis meramente para serdes beneficiados pelo auxílio que poderíeis receber do rapaz, mas para beneficiá-lo, cumprindo um dever para com o órfão. Dever este que todo cristão deve procurar e ansiosamente desejar praticá-lo -- um dever, um penoso dever que vos faria bem assumir, cremos, se o fizerdes alegremente, tendo em vista ser um instrumento nas mãos de Deus para salvar uma pessoa dos laços de Satanás. Um instrumento na salvação de um filho cujo pai devotou sua preciosa vida na tarefa de indicar às pessoas "o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." ... BS 224 3 Com relação a E, não vos esqueçais, eu vos peço, que ele é uma criança apenas com a experiência de uma criança. Não o meçais, um pobre fraco e débil menino, convosco, dele esperando segundo essa medida. Creio sinceramente que está em vosso poder agir com acerto em relação a este órfão. Podeis prover-lhe incentivos para que ele não sinta que sua tarefa é desprovida de alegria e de um raio de encorajamento. Vós, meu irmão e minha irmã, podeis desfrutar mútua confiança, manifestar simpatia e interesse uns pelos outros, recrear-vos juntos e partilhar vossas provas e fardos. Tendes algo com que vos alegrar, enquanto ele está sozinho. Ele é um menino que pensa, mas não tem ninguém em quem confiar e que lhe diga uma palavra animadora em meio aos seus desânimos e às severas provas que eu sei ele tem, como os de mais idade. BS 225 1 Se vos fechais um para com o outro, isso será amor egoísta, incompatível com as bênçãos do Céu. Tenho forte esperança de que amareis o órfão pelo amor de Cristo, que sentireis serem vossas posses sem valor a menos que as empregueis em fazer o bem. Fazei o bem; sede ricos em boas obras, prontos para repartir, dispostos a comunicar, fazendo para vós mesmos um bom fundamento para o futuro, a fim de que possais "tomar posse da vida eterna". Ninguém receberá a recompensa da vida eterna sem sacrifício. Um pai e uma mãe agonizantes deixaram suas jóias aos cuidados da igreja, para que fossem instruídas nas coisas de Deus e se tornassem aptas para o Céu. Quando esses pais olharem em torno e procurarem seus queridos e um deles estiver faltando por negligência, que responderá a igreja? Ela é em grande medida responsável pela salvação dessas crianças órfãs. BS 225 2 Provavelmente tendes falhado em conquistar a confiança e afeição do menino por não lhe dar provas mais concretas do vosso amor mediante alguns incentivos. Se não podeis gastar dinheiro, podeis pelo menos de alguma forma encorajá-lo fazendo-o saber que não sois indiferentes ao seu caso. Que o amor e afeição deva ser unilateral é um erro. Quanta afeição tendes vos preparado para manifestar? Sois demasiado fechados em vós mesmos e não sentis a necessidade de circundar-vos com uma atmosfera de ternura e bondade, nascidas da verdadeira nobreza de alma. O irmão e a irmã F deixaram os seus filhos aos cuidados da igreja. Eles possuíam muitos parentes ricos que desejavam ficar com as crianças; mas eram incrédulos, e se lhes concedesse ter o cuidado ou guarda desses filhos, desviariam os seus corações da verdade e poriam em perigo a sua salvação. Porque não lhes foi permitido ficar com as crianças, esses parentes ficaram descontentes e nada têm feito por elas. A confiança dos pais na igreja deve ser considerada, e não ser esquecida por causa do egoísmo. BS 226 1 Temos o mais profundo interesse nessas crianças. Uma delas já desenvolveu um belo caráter cristão e casou-se com um ministro do evangelho. E agora, em retribuição pelo cuidado e trabalhos por ela manifestados, tornou-se verdadeira condutora de fardos na igreja. É procurada para consulta e conselho pelos menos experientes, e eles não a buscam em vão. Ela possui verdadeira humildade cristã, a conveniente dignidade, que não podem deixar de inspirar respeito e confiança em todos que a conhecem. Esses filhos estão chegados a mim como se meus próprios. Não os perco de vista nem cesso os meus cuidados por eles. Amo-os sinceramente, com terna afeição. -- Testimonies for the Church 2:327-334. BS 226 2 Julgados pelo que não fizeram -- Há órfãos de quem se deve cuidar; mas alguns não querem aventurar-se a empreender isso, pois lhes traria mais trabalho do que o que desejam fazer, não lhes deixando senão pouco tempo para agradar a si mesmos. Mas quando o Rei fizer investigação, essas almas que nada fazem, avaras, egoístas aprenderão que o Céu é para os que trabalharam, os que se negaram por amor de Cristo. Providência alguma foi tomada para os que tiveram cuidado especial em amar a si mesmos e tratar de si próprios. O terrível castigo com que o Rei ameaça os que estão à Sua esquerda, nesse caso, não é por causa de seus grandes crimes. Não são condenados pelas coisas que fizeram, mas pelo que não efetuaram. Não fizestes aquilo que o Céu vos designou que realizásseis. Cuidastes a vós mesmos, e podeis ter vossa parte com os que a si próprios se comprazem. -- Idem, 2:27. BS 227 1 Sede filhas da benevolência -- A minhas irmãs, direi: Sede filhas da benevolência. O Filho do homem veio buscar e salvar o que se tinha perdido. Podeis ter pensado que se achásseis uma criança sem defeito, tomá-la-íeis e dela cuidaríeis; mas o perturbar o espírito com uma criança extraviada, fazê-la desaprender muitas coisas e ensiná-la de novo, ensinar-lhe o domínio próprio, é uma obra que vos recusais a empreender. Ensinar os ignorantes, compadecer-se dos que sempre estiveram aprendendo o mal e reformá-los, não é tarefa leve; mas o Céu pôs a esses em vosso caminho. São Bênçãos disfarçadas. -- Ibidem. BS 227 2 Verdadeiros corações de mãe -- Mães que tenham com sabedoria criado os seus filhos sentirão o peso da responsabilidade, não apenas por seus próprios filhos, mas pelos filhos de outros. O coração da verdadeira mãe pulsa em simpatia por todos com quem entra em contato. Com determinado esforço procura orientar as almas errantes para Cristo. Em sua força ela é capaz de fazer muito. E as que não têm filhos têm responsabilidades a levar. Em muitos casos elas podem receber em seus lares crianças órfãs e sem lar. Podem por amor de Cristo educar essas crianças na prática das virtudes tão necessárias em nosso mundo. -- Manuscrito 34, 1899. BS 228 1 Que a condição dos pequenos desamparados apele a cada coração de mãe, a fim de que elas ponham em exercício o maternal amor pelas crianças órfãs sem lar. Seu desamparo apela a cada atributo dado por Deus à natureza humana. -- The Medical Missionary, Novembro de 1894. BS 228 2 Na amorável atmosfera de um lar cristão -- Além disso, há a multidão de crianças inteiramente privadas da guia dos pais, e da eternecedora influência de um lar cristão. Abram os cristãos o coração e o lar a esses desamparados. A obra a eles confiada por Deus como dever individual, não deve ser passada a alguma instituição de caridade, ou deixada aos acasos da caridade do mundo. Se as crianças não têm parentes em condições de cuidar delas, provejam os membros da igreja um lar para essas crianças. Aquele que nos fez ordenou que fôssemos associados em famílias, e a natureza da criança se desenvolverá melhor na amorosa atmosfera de um lar cristão. BS 228 3 Muitos que não têm filhos próprios, poderiam fazer uma boa obra cuidando dos filhos dos outros. Em lugar de dar atenção a animaizinhos amimados, prodigalizando afeição a mudas criaturas, dediquem suas atenções às criancinhas, cujo caráter podem moldar segundo a semelhança divina. Ponde vosso amor nos membros destituídos de lar da família humana. Vede quantas dessas crianças podeis criar na doutrina e admoestação do Senhor. Muitos seriam assim por sua vez beneficiados. -- A Ciência do Bom Viver, 203. BS 228 4 Por que a responsabilidade pertence antes de tudo à igreja -- Deus pôs sob os nossos cuidados os pobres e sofredores, e esses devem receber o cuidado que Cristo lhes dispensaria. O Senhor deseja que esta obra seja feita nas diferentes igrejas, em vez de ficarem esses desafortunados em tão grande dependência de instituições, pois isto tiraria das mãos das igrejas a própria obra que Deus lhes determinou fazer. -- Manuscrito 105, 1899. BS 229 1 Quando pais morrem e deixam seus filhos desprovidos, os órfãos devem ser cuidados pela igreja. Abri vosso coração, vós que tendes o amor de Deus, acolhei-os em vosso lar. -- Manuscrito 105, 1899. BS 229 2 Lares para os órfãos -- Quando se fizer tudo quanto pode ser feito a fim de providenciar para os órfãos em nossos próprios lares, haverá ainda no mundo muitos necessitados de cuidado. Talvez sejam rotos, incultos, aparentemente de todo sem atrativos; foram, no entanto, comprados por preço, e são tão preciosos aos olhos de Deus como nossos próprios pequenos. São propriedade de Deus, pela qual os cristãos são responsáveis. Sua alma, diz Deus, "requererei de tua mão". BS 229 3 O cuidar desses necessitados é uma boa obra; todavia nesta época do mundo o Senhor não nos dá, como um povo, direções no sentido de estabelecer grandes e dispendiosas instituições para esse fim. Caso, entretanto, haja entre nós pessoas que se sintam chamadas por Deus a estabelecer instituições para cuidado de crianças órfãs, sigam suas convicções de dever. Cuidando, porém, dos pobres do mundo, devem apelar para o mundo quanto à sua manutenção. Não devem tirar do povo a quem Deus deu a realizar a mais importante obra que já foi confiada a homens -- a obra de levar a todas as nações e tribos e línguas e povos a última mensagem de misericórdia. O tesouro do Senhor deve ter um excesso para manter a obra do evangelho nas "regiões de além-mar". BS 230 1 Que aqueles que sentirem a preocupação de fundar instituições assim, utilizem sábios solicitadores para apresentar-lhes as necessidades e arrecadar fundos. Desperte-se o povo do mundo, sejam recoltadas as igrejas denominacionais por homens compenetrados de fazer-se alguma coisa em benefício dos pobres e dos órfãos. Há, em todas as igrejas, pessoas que temem a Deus. Apele-se para essas pessoas, pois a elas deu Deus essa obra. ... BS 230 2 O desígnio de um lar de órfãos deve ser, não só proporcionar alimento e roupa às crianças, mas colocá-las sob os cuidados de professores cristãos, que as eduquem no conhecimento de Deus e de Seu Filho. Os que trabalham nesse sentido devem ser homens e mulheres de coração grande, e inspirados de entusiasmo aos pés da cruz do Calvário. Devem ser homens e mulheres cultos e abnegados, que trabalhem como Cristo fazia, pela causa de Deus e da humanidade. -- Testemunhos Selectos 2:523-525. BS 230 3 Pequenas instituições de amparo -- Tais instituições, para serem mais eficazes, deveriam ser modeladas o mais possível à semelhança de um lar cristão. Em lugar de grandes estabelecimentos, reunindo grande número, haja pequenas instituições em vários lugares. Em vez de ficar dentro ou próximo de uma grande cidade, devem ser localizadas no campo, onde se pode obter terra para cultivo, e as crianças podem ser postas em contato com a Natureza, e ter o benefício do preparo industrial. BS 230 4 Os que tomam conta desse lar devem ser homens e mulheres dotados de coração nobre, cultos e abnegados; homens e mulheres que empreendam a obra impulsionados pelo amor a Cristo, e que eduquem as crianças para Ele. Sob tais cuidados, muitas criaturinhas sem lar e desamparadas podem ser preparadas para se tornarem úteis membros da sociedade e uma honra para Cristo, ajudando a outros por sua vez. -- A Ciência do Bom Viver, 205, 206. BS 231 1 A importância de buscar conselho -- Deus não abençoará os que trabalham sem tomar conselho com seus irmãos. Qualquer adventista do sétimo dia que se suponha completo em si mesmo e capaz de seguir sempre com segurança sua própria mente e juízo, não é digno de confiança, pois não está andando na luz como Cristo na luz está. Haverá muitos que não têm um correto senso do que estão fazendo. Os homens necessitam de idéias claras, de espiritualidade profunda. Em Seu serviço Deus deseja que cada homem se mova com prudência, pesando os motivos que determinam os seus movimentos. -- Manuscrito 26, 1902. BS 231 2 Se obedecermos à instrução de Deus -- A Palavra de Deus é farta de instruções quanto à maneira por que devemos tratar as viúvas, os órfãos, e os pobres necessitados e sofredores. Se todos obedecessem a essas instruções, o coração da viúva cantaria de alegria; criancinhas famintas seriam alimentadas; vestidos os desamparados; e reavivados os que já estavam a ponto de perecer. Os seres celestes estão contemplando e, quando possuídos de zelo pela honra de Cristo, nos colocamos na direção da providência de Deus, esses mensageiros celestes nos comunicarão novo poder espiritual de maneira que sejamos aptos a combater as dificuldades e triunfar dos obstáculos. -- Testemunhos Selectos 2:522. ------------------------Capítulo 28 -- A adoção de crianças BS 232 1 Devem as famílias adotar crianças -- Há um trabalho especial a ser feito em favor de crianças mais avançadas em anos. Famílias de nossa fé que nas igrejas podem fazê-lo, adotem esses pequeninos, e receberão a bênção desse ato. -- Carta 205, 1899. BS 232 2 Há pessoas que não têm crianças pequenas próprias e que podem fazer bem, adotando-as. Os que não têm a sagrada responsabilidade de proclamar a Palavra e trabalhar diretamente para a salvação de almas, têm deveres em outros setores do trabalho. Se são consagrados a Deus, e estão igualmente qualificados para moldar e plasmar mentes humanas, o Senhor os abençoará em seu cuidado pelas crianças alheias. BS 232 3 Mas devem as crianças de crentes ter a nossa primeira consideração. Há entre os guardadores do sábado muitas famílias grandes, com crianças que não recebem o necessário cuidado. Muitos pais revelam que não aprenderam de Cristo as lições que os fariam dignos guardadores de crianças. Seus filhos não recebem a devida instrução. E há entre nós muitas crianças a quem a morte privou do cuidado dos pais. Há os que podem tomar algumas dessas crianças e procurar moldar e plasmar o seu caráter segundo os princípios bíblicos. -- Manuscrito 35, 1896. BS 232 4 Deus tem um povo neste mundo, e há muitos que podem adotar crianças e delas cuidar como os pequeninos de Deus. -- Carta 68, 1899. BS 232 5 Crianças de crentes -- O Senhor gostaria que cada igreja considerasse como obrigação religiosa pendente sobre eles de adotar nenês de pais que tenham morrido na fé. Assumam as famílias o encargo desses pequeninos órfãos. -- Manuscrito 44, 1900. BS 233 1 Conselho a um casal sem filhos -- Não tendes compreendido que foi requerido de vós que vos interessásseis em outros, tornando vossos os seus casos, dessa forma manifestando interesse altruísta por aqueles que estão em grande necessidade de auxílio. Não tendes estendido a mão para ajudar aos mais necessitados, aos mais desajudados. BS 233 2 Se tivésseis vossos próprios filhos para pordes em exercício cuidado, afeição e amor, não estaríeis tão encerrados em vós mesmos com os vossos próprios interesses. Se os que não têm filhos e que têm sido por Deus feitos mordomos de recursos, dilatassem o seu coração no cuidado de crianças que necessitam de amor, zelo e afeição, bem como assistência de bens do mundo, seriam mais felizes do que são hoje. Sempre que jovens sem o piedoso cuidado de um pai e o terno amor de uma mãe estiverem expostos à corruptora influência destes últimos dias, é dever de alguém suprir o lugar de pai e mãe para com alguns deles. Aprenda-se a prover-lhes amor, afeição e simpatia. BS 233 3 Todos aqueles que professam ter um Pai no Céu, de quem esperam que deles cuide e finalmente os leve para o lar que lhes preparou, devem sentir solene obrigação de ser amigos dos que não têm amigos e pais dos órfãos, de ajudar as viúvas e ser de utilidade prática neste mundo em benefício da humanidade. Muitos não vêem estas coisas na luz apropriada. Se vivem meramente para si, não terão a grande força que este chamado reclama. -- Testimonies for the Church 2:328, 329. BS 233 4 É a vontade de Deus? -- A questão da adoção de crianças, principalmente na infância, envolve a mais séria responsabilidade. Ela não deve ser considerada levianamente. ... A pergunta que cada um tem que formular, é: Ao fazer isto estou apenas satisfazendo a mim mesmo, ou é um dever que o Senhor me indicou? É o Seu caminho ou o caminho de minha própria escolha? Todos devem ser obreiros de Deus. Ninguém é escusado. Vossos talentos não são propriedade vossa, para empregá-los ao sabor de vossa fantasia. Perguntai: Que deseja o Senhor que eu faça com os talentos que me confiou? -- Manuscrito 35, 1896. BS 234 1 Examinai os motivos -- Precisamos examinar com cuidado o nosso coração e considerar os seus motivos. O egoísmo pode estimular o desejo de fazer alguma coisa que pareça um ato altruísta digno de louvor. O fato de muitos se darem pressa em adotar uma criança, o desejo de terem alguma coisa em que centralizar suas afeições, revela que seu coração não está centralizado em Cristo; não está absorvido em Sua obra. -- Manuscrito 35, 1896. BS 234 2 Deve a esposa do pastor adotar crianças? -- Tem surgido a questão de dever ou não a esposa de um pastor adotar criancinhas. Respondo: Caso ela não possua nenhuma inclinação ou capacidade para se empenhar em obra missionária fora do lar, e sinta-se no dever de adotar órfãos e deles cuidar, poderá fazer uma boa obra. Escolham-se, porém crianças deixadas por pais observadores do sábado. Deus abençoará homens e mulheres ao partilharem, de coração voluntário, seu lar com esses que os não têm. Mas se a esposa do pastor é capaz por sua vez de ter uma parte na obra de educar a outros, devia consagrar suas faculdades a Deus como obreira cristã. Deve ser uma verdadeira ajudadora para seu marido, auxiliando-o em seu trabalho, desenvolvendo o próprio intelecto e ajudando a dar a mensagem. O caminho está aberto para que mulheres humildes consagradas, dignificadas pela graça de Cristo, visitem os que se acham necessitados de auxílio, e transmitam luz a essas almas desanimadas. Elas podem reerguer os abatidos orando com eles, e encaminhando-os a Cristo. Tais senhoras não devem consagrar seu tempo e força a um desamparado mortalzinho que exige constante cuidado e atenção. Elas não deviam atar assim voluntariamente as próprias mãos. -- Testemunhos Selectos 2:523. BS 235 1 Talvez Deus tenha retido suas bênçãos -- Uma família bem ordenada, bem disciplinada, terá poderosa influência para o bem. Mas se não tendes vossos próprios filhos, pode ser que o Senhor tenha um sábio propósito em privar-vos desta bênção. Não seja isto tomado como evidência de que deveis adotar uma criança. Em alguns casos pode ser aconselhável. Se o Senhor vos ordena tomar uma criança para criar, o dever é então demasiado claro para ser mal-entendido. Mas como regra não seria prudente incumbir-se a esposa do pastor dessa responsabilidade. ... BS 235 2 Se a companheira do pastor está unida a seu esposo na obra de salvar almas, esse é o mais elevado trabalho que ela pode fazer. Mas o cuidado de uma criancinha absorveria sua atenção, de maneira que ela não poderia assistir a reuniões e trabalhar com êxito em visitas e esforço pessoal. Mesmo que ela acompanhe o marido, a criança é muitas vezes um fardo de preocupação e motivo de palestra, e a visita se torna sem efeito. Aqueles a quem Deus chamou para serem Seus colaboradores não devem ter ídolos que lhes absorva o pensamento e a afeição que Ele deseja dirigidos para outro rumo. -- Manuscrito 35, 1896. BS 235 3 Grande cuidado deve ser exercido -- Grande cuidado deve ser exercido com relação ao trabalho que assumimos. Não devemos tomar grandes encargos no cuidado de crianças pequenas. Esta obra está sendo feita por outros. Temos um trabalho especial no cuidado e educação de crianças maiores. Famílias que podem fazê-lo adotem as crianças pequenas, e receberão uma bênção por assim fazer. -- Testimonies for the Church 6:246, 247. ------------------------Capítulo 29 -- O cuidado pelos idosos BS 237 1 Devem ser tratados com cuidado e carinho -- A questão de cuidar de nossos irmãos e irmãs idosos destituídos de lar, é objeto de contínua insistência. Que se pode fazer por eles? O esclarecimento a mim dado pelo Senhor, é repetido: Não é melhor estabelecer instituições para cuidar dos velhos, para que eles fiquem juntos, na companhia uns dos outros. Nem eles devem ser mandados para fora do lar a fim de receberem cuidados. Que os membros de cada família ministrem aos próprios parentes. Quando isto não é possível, essa obra pertence à igreja, e deve ser aceita igualmente como dever e como privilégio. Todos os que têm o espírito de Cristo hão de considerar os débeis e idosos com especial respeito e ternura. -- Testemunhos Selectos 2:509, 510. BS 237 2 Devem permanecer entre amigos e parentes -- Também os velhos necessitam da auxiliadora influência das famílias. Na casa de irmãos e irmãs em Cristo, é mais fácil haver para eles como que uma compensação da perda de seu próprio lar. Se animados a partilhar dos interesses e ocupações domésticos, isto os ajudará a sentir que não deixaram de ser úteis. Fazei-os sentir que seu auxílio é apreciado, que há ainda alguma coisa para fazerem em servir a outros, e isto lhes dará ânimo ao coração, ao mesmo tempo que comunicará interesse a sua vida. BS 237 3 O quanto possível, fazei com que aqueles cuja cabeça está alvejando e cujos passos trôpegos indicam que se vão avizinhando da sepultura, permaneçam entre amigos, e relações familiares. Que adorem entre aqueles que conheceram e amaram. Sejam cuidados por mãos amorosas e brandas. ... BS 238 1 A presença, em nosso lar, de um destes inválidos, é uma preciosa oportunidade de cooperar com Cristo em Seu ministério de misericórdia, e desenvolver traços de caráter semelhantes aos Seus. Há uma bênção no convívio dos velhos com os moços. Estes podem iluminar o coração e a vida dos idosos. Aqueles cujos liames da vida se estão enfraquecendo, necessitam o benefício do contato com a esperança e a lepidez da juventude. E os moços podem ser auxiliados pela sabedoria e a experiência dos velhos. Sobretudo, eles precisam aprender a lição do abnegado ministério. A presença de um necessitado de simpatia, paciência e abnegado amor, seria uma inapreciável bênção para muitas famílias. Haveria de suavizar e refinar a vida doméstica, e despertar em velhos e moços aquelas graças cristãs que os embelezariam com uma divina beleza, e os enriqueceria com os imperecíveis tesouros do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 204, 205. BS 238 2 Instituições não são o melhor plano -- Não se devem empregar homens que dediquem o seu tempo e talentos à obra de conduzir os idosos e órfãos num grupo para serem vestidos e alimentados. Esta não é a melhor maneira de tratar estes casos. ... BS 238 3 Tampouco é melhor construir edifícios para velhos e velhas, a fim de estarem juntos. Sejam eles ajudados no próprio lugar onde podem sê-lo. Tomem os familiares conta de seus próprios parentes pobres, e a igreja cuide de seus próprios membros necessitados. Esta é precisamente a obra que Deus deseja que a igreja faça, e por fazê-la receberá uma bênção. -- Manuscrito 44, 1900. ------------------------Capítulo 30 -- Nossa responsabilidade pelos cegos BS 239 1 Tratar os cegos com compaixão -- O Senhor deseja que os que estão relacionados com a obra médico-missionária sejam verdadeiros missionários. Devem ser semelhantes a Cristo na palavra e na ação. Não devem ser misericordiosos apenas quando sentem um impulso de mostrar misericórdia, nem devem agir egoisticamente para com aqueles que são os mais necessitados de trabalho médico-missionário. O cego, por exemplo, deve ser tratado com compaixão. Reflitam os missionários médicos sobre suas ações para com o cego, para que verifiquem se como verdadeiros missionários de Deus não têm deixado de fazer por esta infortunada classe muita coisa que poderiam ter feito. Do que me tem sido apresentado sei que muitos, muitos casos não têm recebido o encorajamento que Cristo teria dado estivesse Ele no lugar do médico-missionário. BS 239 2 O Senhor é Deus. Ele nota os casos de negligência. Toda ação errônea neste sentido é uma falsa representação de Sua misericórdia, amorável bondade e benevolência. BS 239 3 Sou instruída a dizer: "Vigia em oração, cuidadosa e conscienciosamente, não venha a mente a se tornar tão sobrecarregada com muitos negócios e transações importantes que a verdadeira piedade seja descuidada, vindo o amor a se extinguir da alma, não obstante a grande e piedosa necessidade de tornar-vos a mão ajudadora de Deus para o cego e todos os demais desafortunados." Quanto maior o desamparo, maior o reclamo de atenção. Usai vosso tempo e força para aprender a ser "fervorosos no espírito", justos no trato, "servindo ao Senhor" em amorável misericórdia. Lembrai-vos de que Cristo diz: "Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." -- Manuscrito 109, 1902. BS 240 1 Conquanto seja Deus um amigo do cego e do infortunado, Ele não os desculpa dos seus pecados. Requer deles que sejam vencedores, que aperfeiçoem caráter cristão no nome de Jesus, que venceu no benefício deles. Mas Jesus Se apiada de nossas fraquezas e está pronto a prover forças para suportar as provas e resistir às tentações de Satanás, se sobre Ele lançarmos o nosso fardo. BS 240 2 Anjos guardam o cego -- Anjos são enviados para ministrar aos filhos de Deus que são fisicamente cegos. Anjos guardam os seus passos e livram-nos de milhares de perigos que, desconhecidos a eles, juncam o seu caminho. Mas o Seu Espírito não os atenderá a menos que eles cultivem um espírito de bondade e procurem ferventemente manter domínio sobre sua natureza e levar toda paixão e cada faculdade em submissão a Deus. Precisam cultivar um espírito de amor e controlar suas palavras e ações. BS 240 3 Foi-me mostrado que Deus requer que Seu povo seja muito mais piedoso e compassivo para com os desafortunados do que o tem sido. "A religião pura e imaculada diante de Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo." Aqui é definida a religião genuína. Deus requer que a mesma consideração que deve ser dada à viúva e aos órfãos, seja dada aos cegos e aos que sofrem sob a aflição de outras enfermidades físicas. A beneficência desinteressada é muito rara nesta época do mundo. -- Testimonies for the Church 3:516. BS 240 4 Guardas dos desafortunados -- Se existem na igreja os que querem fazer os cegos tropeçarem, devem ser chamados à justiça; pois Deus nos fez guardas dos cegos, dos sofredores, das viúvas e dos órfãos. O tropeço ao qual se refere a Palavra de Deus, não quer dizer um bloco de madeira colocado ante os pés do cego (Levítico 19:14) para fazê-lo tropeçar; mas quer dizer muito mais que isso. Quer dizer qualquer procedimento seguido para prejudicar a influência de um irmão cego, trabalhar contra seus interesses, ou estorvar sua prosperidade. -- Serviço Cristão, 215. BS 241 1 Um irmão cego, pobre, enfermo, que tudo esteja fazendo a fim de não vir a ser dependente, deve ser encorajado por seus irmãos de toda maneira possível. Mas os que professam ser seus irmãos, que têm o uso de todas as suas faculdades, que não são dependentes, mas que esquecem o seu dever para com os cegos a tal ponto que confundem, afligem e impedem seu caminho, estão fazendo um trabalho que requererá arrependimento e restauração antes que Deus aceite as suas orações. E a igreja de Deus, que tem permitido sejam seus infortunados irmãos injustiçados, serão culpados de pecado até que façam tudo que estiver em seu poder para reparar a injustiça. -- Testimonies for the Church 3:519, 520. BS 241 2 O ponto de vista da misericórdia -- Eu gostaria que todos nós víssemos as coisas como Deus as vê. Gostaria que pudéssemos compreender como Deus considera esses homens que professam ser seguidores de Cristo, que possuem a bênção da visão e a vantagem de meios em seu favor, e no entanto invejam a pequena prosperidade desfrutada por um pobre cego, e gostariam de beneficiar-se com o aumento de sua soma de recursos à custa de seu afligido irmão. Isto é considerado por Deus como o mais criminoso egoísmo e como roubo, sendo um grave pecado que Ele sem dúvida punirá. Deus nunca esquece. Ele não vê essas coisas com olhos humanos e com o julgamento frio, insensível, do homem. Ele vê as coisas, não do ponto de vista do mundo, mas do ponto de vista da misericórdia, da piedade e do infinito amor. -- Idem, 514, 515. BS 242 1 Muitas vezes é o Pobre Maltratado -- Com os que ousam tratar sem misericórdia, Deus os tratará como eles têm tratado aos que deles se socorrem em busca de auxílio. Eu tenho sido instruída sobre serem os cegos muitas vezes tratados de maneira impiedosa. BS 242 2 A verdadeira simpatia entre o homem e o seu próximo deve ser o sinal distintivo entre os que amam e temem a Deus e os que se esquecem de Sua lei. -- Manuscrito 117, 1903. BS 242 3 Fazei vossa parte para com os desafortunados -- É estranho que professos cristãos não estimem os ensinamentos claros e positivos da Palavra de Deus e não sintam compunções de consciência. Deus coloca sobre eles a responsabilidade de cuidar dos desafortunados, cegos, coxos, das viúvas e dos órfãos; porém muitos não fazem nenhum esforço em relação a isto. A fim de salvar essas pessoas, Deus muitas vezes as coloca sob a vara da aflição, e põe-nas em posição semelhante a que ocupavam os que tiveram necessidade de sua ajuda e simpatia e nada receberam de suas mãos. -- Testimonies for the Church 3:517. ------------------------Capítulo 31 -- Trabalhando pelos de baixa classe BS 245 0 E apiedai-vos de alguns, que estão duvidosos; salvai alguns arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne. Judas 22, 23. BS 245 1 O evangelho é um convite a todas as classes -- Cristo ilustra as bênçãos espirituais do evangelho por meio de uma festa secular: o convite para a Ceia. Ele pôs em destaque a maravilhosa condescendência de Deus no fervente convite do senhor para que viessem à festa todos que pudessem. O chamado especial do evangelho a ser feito próximo do fim da história da Terra é também apresentado. BS 245 2 O convite devia ser feito primeiro aos das vias públicas, chamando todos para as bodas da ceia do Cordeiro. Esta mensagem ao povo tão altamente favorecido foi rejeitada. BS 245 3 Em seguida foi levada a mensagem aos da classe pobre -- os aleijados, os cegos, os coxos. Esses não estavam exaltados por ambiciosos projetos. Se aceitassem o convite, podiam vir. Esta mensagem foi dada, e o servo trouxe o resultado: "Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar." BS 245 4 Então o senhor disse ao servo: "Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa." -- Manuscrito 81, 1899. BS 245 5 "Força-os a entrar", ordena-nos Cristo. ... Em obediência a esta palavra, devemos ir aos inconversos que se acham perto de nós, e aos que estão distantes. Os "publicanos e as meretrizes" devem ouvir o convite do Salvador. Por meio da bondade e da longanimidade de Seus mensageiros, o convite se torna um poder compulsor para erguer os que se acham imersos nas maiores profundezas do pecado. -- A Ciência do Bom Viver, 164. BS 246 1 Cristo anseia por renovar o caráter -- Não importa quão baixo, quão caídos, quão desonrados e vis os outros possam ser, não devemos desprezá-los e passá-los por alto com indiferença; mas devemos considerar o fato de que Cristo morreu por eles. ... Cristo anseia por renovar o maculado caráter humano, restaurar nos homens a imagem moral de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1895. BS 246 2 Ele os considera preciosos -- Cada alma é objeto do amorável interesse dAquele que deu Sua vida a fim de levar homens de volta a Deus. Este interesse perseverante, fervente, manifestado por nosso Pai celestial ensina-nos que os desamparados e de baixa classe não devem ser passados por alto com indiferença. Eles são do Senhor pela criação e pela redenção. Se fôssemos deixados a julgar por nós mesmos, poderíamos considerar muitos que são degradados como casos sem esperança. Mas o Senhor vê neles o valor da prata. Embora não procurem ajuda, Ele os considera preciosos. Aquele que vê sob a superfície sabe como tratar com mentes humanas. Sabe como levar homens ao arrependimento. Sabe que se eles se virem a si mesmos como pecadores, arrepender-se-ão e se converterão à verdade. Esta é a obra em que nos devemos empenhar. -- Carta 80, 1898. BS 246 3 Não pergunteis: "São dignos?" -- Ante o apelo do tentado, do errante, das míseras vítimas da necessidade e do pecado, o cristão não pergunta: São eles dignos? mas: Como os posso eu beneficiar? Nos mais indignos, mais degradados, vê almas para cuja salvação Cristo morreu, e para quem Deus deu a Seus filhos o ministério da reconciliação. -- O Maior Discurso de Cristo, 22. BS 247 1 Descobertos pela obra médico-missionária -- Fui instruída de que a obra médico-missionária descobrirá, nas próprias profundezas da degradação, homens que, se bem que se hajam entregue à intemperança e hábitos dissolutos, corresponderão a um trabalho feito pelo devida maneira. Precisam, porém, ser reconhecidos e animados. Serão necessários esforços firmes, pacientes e sinceros a fim de erguê-los. Eles não se podem recuperar a si mesmos. Podem ouvir o chamado de Cristo, mas têm o ouvido por demais embotado para lhe apreender a significação; seus olhos se acham demasiado obscurecidos para ver qualquer coisa boa a eles reservada. Acham-se mortos em ofensas e pecados. Todavia mesmo estes não devem ser excluídos do banquete evangélico. Devem receber o convite: "Vinde." Embora se sintam indignos, o Senhor diz: "Forçai-os a entrar." Não deis ouvidos a nenhuma desculpa. Com amor e bondade, apoderai-vos deles. ... BS 247 2 Devidamente dirigida, essa obra salvará muitos pobres pecadores negligenciados pelas igrejas. -- Testemunhos Selectos 2:517, 518. BS 247 3 Muitos penosos esforços serão necessários nessa obra de restauração. Não se devem fazer chocantes comunicações de doutrinas estranhas a essas almas; à medida, porém, que são ajudadas materialmente, cumpre apresentar a verdade para este tempo. Homens, mulheres e jovens precisam ver a lei de Deus com suas reivindicações de vasto alcance. Não são as vicissitudes, a labuta ou a pobreza que degradam a humanidade; é o pecado, a transgressão da lei de Deus. Os esforços desenvolvidos para salvar os párias e os degradados não terão proveito algum, a menos que o espírito e o coração sejam impressionados com os reclamos da lei de Deus e a necessária lealdade para com Ele. Deus não exige coisa alguma que não seja precisa para ligar a humanidade com Ele. "A lei do Senhor é perfeita, e converte a alma. ... O mandamento do Senhor é puro, e esclarece os olhos." Salmos 19:7, 8 (TT). "Pela palavra dos Teus lábios", diz o salmista, "me guardei das veredas do destruidor." Salmos 17:14. BS 248 1 Os anjos estão ajudando nesta obra de restaurar os caídos e levá-los de volta Àquele que deu a vida para os redimir, e o Espírito Santo está cooperando com o ministério dos instrumentos humanos a fim de despertar as faculdades morais mediante Sua obra no coração, convencendo do pecado, da justiça e do juízo. -- Idem, 2:497. BS 248 2 Trabalhando pelos intemperantes* -- Há por toda parte uma obra a ser feita por aqueles que caíram devido à intemperança. Entre as igrejas, as instituições religiosas, e lares professamente cristãos, muitos jovens estão seguindo a vereda da ruína. Por hábitos de intemperança, trazem sobre si mesmos a enfermidade, e pela ganância de obter dinheiro para pecaminosas transigências, caem em práticas desonestas. Arruínam a saúde e o caráter. Alienados de Deus, rejeitados pela sociedade, essas pobres almas se sentem sem esperança tanto para esta vida como para a outra, por vir. O coração dos pais fica quebrantado. Os homens falam desses extraviados como casos sem esperança; assim não os considera Deus. Ele compreende todas as circunstâncias que os têm tornado o que são, e os contempla com piedade. Esta é uma classe que demanda auxílio. Nunca lhes deis ocasião de dizer: "Ninguém se importa com a minha alma." BS 249 1 Acham-se entre as vítimas da intemperança homens de todas as classes e profissões. Homens de elevada posição, de notáveis talentos, de grandes consecuções, têm cedido aos apetites a ponto de se tornarem incapazes de resistir à tentação. Alguns que eram dantes possuidores de fortuna, encontram-se sem lar, sem amigos, em sofrimento e miséria, enfermidade e degradação. Perderam o domínio de si mesmos. A menos que uma mão ajudadora lhes seja estendida, hão de cair mais e mais baixo. -- A Ciência do Bom Viver, 172. BS 249 2 Uma batalha que se renova -- Nenhuma obra casual, negligente, desorganizada, deve ser feita. Manter com firmeza a posse das almas prestes a perecer significa mais que orar por um viciado na bebida e então, porque ele derrama lágrimas e confessa a poluição de sua alma, declará-lo salvo. Renovadamente a batalha tem de ser travada. -- Testimonies for the Church 8:196. BS 249 3 Deveis apegar-vos firmemente àqueles a quem buscais ajudar, do contrário jamais obtereis a vitória. Eles serão continuamente tentados para o mal. Serão repetidamente quase vencidos pelo intenso desejo da bebida forte; aqui e ali poderão cair; não cesseis, entretanto, por isso, os vossos esforços. -- A Ciência do Bom Viver, 173. BS 249 4 O trabalho não é vão -- Quando alguns, unidos os seus esforços humanos com os divinos, procuram alcançar as profundezas dos ais e misérias humanos, sobre eles repousará ricamente a bênção de Deus. Mesmo que apenas poucos aceitem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, sua obra não será vã; pois uma alma é preciosa, muito preciosa, aos olhos de Deus. Cristo teria morrido por uma só alma, a fim de que essa uma pudesse viver pelos séculos eternos. ... BS 249 5 Muitas almas estão sendo resgatadas, arrancadas, das mãos de Satanás, pelos fiéis obreiros. É preciso que alguém sinta um anseio de almas para encontrar para Cristo os que se têm perdido. O resgate de uma alma sobre a qual Satanás triunfou produz gozo entre os anjos celestiais. Há os que destruíram em si mesmos a imagem moral de Deus. A rede do evangelho precisa colher esses pobres párias. Anjos de Deus cooperarão com os que se encontram empenhados nesta obra, que fazem todo esforço para salvar almas que estão a perecer, dando-lhes oportunidade que muitos nunca tiveram. Nenhuma outra maneira senão a de Cristo é capaz de alcançá-los. Ele sempre trabalhou para aliviar os sofrimentos e ensinar a justiça. Somente assim podem os pecadores ser erguidos das profundezas da degradação. -- Testimonies for the Church 8:72, 73. BS 250 1 Trabalhar em amor -- Os obreiros devem trabalhar em amor, alimentando, lavando e vestindo os que necessitam do seu auxílio. Desta maneira esses párias são preparados para saber que alguém cuida de suas almas. O Senhor mostrou-me que muitos desses párias da sociedade, mediante a ministração de instrumentalidades humanas, cooperarão com o poder divino e procurarão restaurar a imagem moral de Deus em outros pelos quais Cristo pagou o preço do Seu próprio sangue. Eles serão chamados eleitos de Deus, preciosos, e estarão próximo do trono de Deus. ... BS 250 2 O Senhor está operando para alcançar os mais depravados. Muitos saberão o que significa ser atraído a Cristo, mas não terão coragem moral para guerrear contra os apetites e paixões. Mas os obreiros não devem ficar desencorajados por isto, pois está escrito: "Nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." 1 Timóteo 4:1. São apenas os que foram tirados das profundezas que apostatarão? Há no ministério os que tiveram luz e conhecimento da verdade e que não serão vencedores. Não reprimem os apetites e paixões nem se negam a si mesmos por amor de Cristo. Muitos pobres, mesmo publicanos e pecadores, apegar-se-ão à esperança no evangelho que está diante deles, e entrarão no reino do Céu antes daqueles que tiveram grandes oportunidades e grande luz, mas têm andado nas trevas. ... Meus irmãos e irmãs, tomai posição ao lado do Senhor e sede fervorosos, ativos, corajosos coobreiros de Cristo, trabalhando com Ele em buscar e salvar o perdido. -- Idem, 8:74, 75. BS 251 1 Não seguir os métodos do Exército de Salvação -- O Senhor traçou nossa maneira de agir. Como povo não devemos imitar nem harmonizar-nos com os métodos do Exército de Salvação. Essa não é a obra que o Senhor nos mandou fazer. Também não é nossa obra condená-los nem falar duramente contra eles. Há no Exército de Salvação pessoas preciosas, abnegadas. Devemos tratá-las com bondade. Há entre elas pessoas honestas, que estão sinceramente servindo ao Senhor, e que verão maior luz, chegando à aceitação de toda a verdade. Os obreiros do Exército de Salvação estão procurando salvar os negligenciados, espezinhados. Não os desencorajeis. Deixai-os fazer esta classe de trabalho pelos seus próprios métodos e a sua própria maneira. Mas a obra que os Adventistas do Sétimo Dia devem fazer o Senhor indicou claramente. -- Idem, 8:184, 185. BS 251 2 Ajudando os excluídos a encontrar uma nova carreira -- Ao se consagrarem os filhos de Deus a essa obra, muitos se hão de agarrar à mão que lhes é estendida para os salvar. São constrangidos a se desviar dos maus caminhos. Alguns dentre os libertados podem-se erguer, por meio da fé em Cristo, a elevadas posições de serviço, sendo-lhes confiadas responsabilidades na obra de salvar almas. Conhecem por experiência as necessidades daqueles por quem trabalham, e sabem como os podem auxiliar; sabem quais os meios melhores a serem usados para recuperar os que se acham prestes a perecer. Enchem-se de gratidão para com Deus pelas bênçãos recebidas; o coração é-lhes avivado pelo amor, e suas energias fortalecidas para erguerem outros que jamais o poderiam fazer sem auxílio. Tomando a Bíblia como guia, e o Espírito Santo como ajudador e consolador, vêem abrir-se diante deles uma nova carreira. Cada uma dessas almas acrescentadas ao corpo de obreiros, provida de recursos e de instrução quanto à maneira de salvar almas para Cristo, torna-se uma colaboradora dos que lhe trouxeram a luz da verdade. Assim Deus é honrado, e promovida Sua verdade. -- Testemunhos Selectos 2:497, 498. ------------------------Capítulo 32 -- Precauções necessárias BS 253 1 Não trabalhar por amor da sensação -- Nesta obra final que os mortais assumirão, devem-se tomar precauções. Há o perigo de trabalhar-se de tal forma pelas fantasias da mente que pessoas inteiramente incapacitadas para trabalhar na sagrada obra de Deus considerar-se-ão indicadas pelo Céu para trabalhar pelos mais pobres e caídos. Se todas as experiências, as agradáveis e as desagradáveis, fossem mostradas na sua realidade, não haveria tantos seduzidos por esta espécie de trabalho. Muitos entram no trabalho porque apreciam o que é sensacional e estimulante. Mas a menos que dediquem todas as suas energias a esta magna obra de salvação, estarão revelando que não possuem o verdadeiro espírito missionário. -- Manuscrito 177, 1899. BS 253 2 Há perigo no trabalho pelos excluídos -- Em todo esforço para conservar a alma com toda diligência, o homem necessita assegurar-se do poder de Deus. Há o perigo, perigo constante, de contaminação no trabalho entre os caídos e excluídos. Por que, então, homens e mulheres põem-se em contato com esse perigo estando despreparados para resistir à tentação e não possuindo suficiente força de caráter para o trabalho? BS 253 3 Na mente de muitos jovens empenhados na assim chamada obra médico-missionária, o efeito exercido é inteiramente diferente do que imaginam o médico ou qualquer de seus associados.* Ele não possui o cuidado para vigiar os desígnios de Satanás a seu respeito em sua nova e exposta carreira, e gradualmente separa-se da vida do lar e das influências saudáveis. É preciso que diante de cada jovem o sinal de perigo seja amplificado. Em cada lugar onde homens e mulheres estiverem trabalhando pelos degradados alguém precisa assumir sérias responsabilidades, ou os obreiros se tornarão baixos em suas atitudes, palavras e princípios. BS 254 1 Muitos se empenharão nesta obra entendendo que por assim fazer serão ajudados em sua vida de pecado; e quando surge a ocasião pensarão o que é direito prevaricar, ser desonesto ou cometer qualquer destes pecados de que eram culpados antes. Contemplando isto, os obreiros que não estão vivendo em íntima relação com Deus serão mudados, não de pior para melhor, mas de um caráter falho para ainda mais falho. Adotarão procedimento e maneiras dos pecadores declarados. Unir-se-ão aos malfeitores, em magnificar toda má reputação, e finalmente perderão todo amor ao refinamento nas palavras e maneiras. Seu temor de Deus e amor à justiça tornam-se mesclados com uma espécie de febre religiosa não aceitável à vista de Deus. -- Manuscrito 177, 1899. BS 254 2 Mais os que se perdem do que os que são salvos -- É perigoso pôr moços e moças jovens para trabalhar entre as classes abandonadas. Estarão postos onde entram em contato com todas as classes de impureza, e Satanás usa esta oportunidade para traçar sua ruína. Assim mais são os que se perdem do que os que esses obreiros salvam. Muitos dos esforços feitos pelos abandonados resultam na perda de pureza dos obreiros. Os que se empenham em visitar casas de prostituição colocam-se em terrível tentação. Este trabalho é sempre perigoso. É um planejamento do diabo para levar almas à tentação e a práticas lascivas. "Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." BS 255 1 Quanto mais distante ficarem dos elementos corruptos e corruptores deste mundo os moços e moças, melhor e mais segura será a sua futura experiência. Obreiros médicos-missionários devem ser refinados, purificados, limpos e elevados. Devem permanecer na plataforma da verdade eterna. Mas eu tenho sido instruída sobre o fato de que a verdade não tem sido apresentada em seu verdadeiro ângulo. O resultado final disto tende a corromper as mentes; o santo não se tem feito distinto do profano. -- Carta 162, 1900. BS 255 2 Guardar a obra em santidade -- Muita coisa tem-me sido apresentada. Foi-me mostrado que há uma obra a ser feita pela mais depravada classe, mas esta questão deve ser considerada com o máximo cuidado, para que o trabalho feito não seja em vão. Rapazes e moças não devem ser expostos, como muitos o têm sido, em contato com classes dissolutas. Decididas restrições devem ser feitas, pois há positivo perigo a enfrentar. Há necessidade de guardar-se com santidade a obra. No trabalho pelas classes mais baixas as maiores precauções devem ser tomadas. Há muitos que não devem ir a grandes cidades para trabalhar pelos demasiado depravados. -- Manuscrito 17, 1901. ------------------------Capítulo 33 -- O chamado para uma obra equilibrada BS 256 1 Manter a devida perspectiva -- Com o progresso da obra, surgem perigos que precisam ser evitados. Ao se abrirem novos empreendimentos, há a tendência de tornar um setor todo absorvente; e aquilo, que devia ter a primazia torna-se de importância secundária. As igrejas necessitam de renovação de poder e vitalidade, mas há o grande perigo de empreender novas atividades da obra que desgastarão suas energias em vez de levar vida à igreja -- General Conference Daily Bulletin, 2 de Março de 1899. BS 256 2 Não deve ser o motivo principal de nossa obra -- Ultimamente [1899] um grande interesse tem surgido em favor dos pobres e excluídos; uma grande obra tem sido iniciada para o reerguimento dos caídos e excluídos. Esta é em si uma boa obra. Devemos ter sempre o Espírito de Cristo e fazer a mesma classe de trabalho que Ele fez pela humanidade sofredora. O Senhor tem uma obra a ser feita pelos mais pobres. Nada há a objetar visto que é dever de alguns trabalhar entre eles e procurar salvar as pessoas que estão perecendo. Isto terá seu lugar em conexão com a proclamação da terceira mensagem angélica e a aceitação da verdade da Bíblia. Mas há o perigo de se sobrecarregar cada pessoa com esta espécie de trabalho, em vista da intensidade com que é conduzido. Há o perigo de homens de liderança centralizarem suas energias neste setor, quando Deus os chamou para outra espécie de trabalho. BS 256 3 A grande questão de nosso dever para com a humanidade é séria, e muito da graça de Deus é necessário em como trabalhar de maneira a promover o maior bem. Nem todos são chamados a iniciar o seu trabalho laborando entre as classes mais baixas. Deus não requer que Seus obreiros obtenham sua educação e treino para se devotarem exclusivamente a estas classes. A operação de Deus é manifestada de maneira a estabelecer confiança no fato de que a obra é de Seu conselho, e que saudáveis princípios sustentam cada ação. Mas eu tenho recebido instrução de Deus de que há perigo de planejar para os de baixa classe de tal maneira que haverá movimentos espasmódicos e excitáveis. Isso não produzirá resultados realmente benéficos. Uma classe será encorajada a fazer uma espécie de trabalho que resultará no mínimo em fortalecer todas as partes da obra pela ação harmoniosa. BS 257 1 O convite do Evangelho deve ser dado aos ricos e aos pobres, aos elevados e aos humildes, e precisamos descobrir meios de levar a verdade a novos lugares e a todas as classes de pessoas. O Senhor nos ordena: "Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a Minha casa." Ele diz: "Começai nas vias públicas; trabalhai inteiramente nas vias públicas; preparai um grupo que unido convosco possa ir e fazer aquela mesma obra que Cristo faria na busca e salvação dos perdidos." BS 257 2 Cristo pregou o evangelho aos pobres, mas não confiou Seus labores a esta classe. Ele trabalhou por todos que estivessem dispostos a ouvir Sua palavra -- não apenas pelos publicanos e pecadores, mas pelo rico e culto fariseu, o nobre judeu, o centurião e o governador romano. Esta é a espécie de obra que eu sempre vejo dever ser feita. Nós não devemos esforçar cada tendão e nervo espiritual para trabalhar pelas classes mais baixas, e fazer desta tarefa o todo e o tudo. Há outros a quem devemos levar ao Mestre, almas que necessitam da verdade, que estão levando responsabilidades e que trabalharão com toda a sua santificada habilidade pelos altos lugares como também pelos lugares baixos. BS 258 1 A obra pelas classes mais pobres não tem limite. Ela nunca pode ser concluída e precisa ser tratada como parte do grande todo. Dar nossa primeira atenção a esta obra, enquanto há vastas porções da vinha do Senhor abertas à cultura e ainda não tocadas, é começar no lugar errado. O que é o braço direito para o corpo é a obra médico-missionária para a terceira mensagem angélica. Mas o braço direito não deve tornar-se todo o corpo. A obra de buscar os párias é importante, mas não deve tornar-se a grande preocupação de nossa missão. -- Manuscrito 3, 1899. BS 258 2 Não chamados para erigir lares para mulheres abandonadas e crianças -- Precisamos falar claramente com respeito a algumas coisas que precisam ser consideradas com cautela. Não nos devemos dedicar ao trabalho de manter lares para mulheres abandonadas ou crianças. Esta responsabilidade pode melhor ser satisfeita por famílias que devem cuidar dos que necessitam ajuda neste setor. -- Carta 11, 1900. BS 258 3 O Senhor não nos dá indicações de que devemos construir edifícios para o cuidado de infantes, embora esta seja uma boa obra para o presente tempo. Deixai que o mundo faça tudo que desejar neste sentido. Nosso tempo e meios devem ser investidos numa orientação diferente de trabalho. Precisamos levar a última mensagem de misericórdia da maneira mais apropriada para alcançar os que nas igrejas estão famintos e orando por luz. -- Carta 232, 1899. BS 258 4 Vede os campos brancos para a ceifa -- Este trabalho está sendo uma atividade todo-absorvente, mas não está na indicação de Deus. É um trabalho infindável, e se conduzido como tem sido no passado, todas as faculdades do povo de Deus serão requeridas para contrabalançá-lo, e a obra de preparar um povo que resista em meio aos perigos dos últimos dias jamais será feita. BS 259 1 Nossa obra é tomar a armadura e mover um combate ofensivo. Não devem os obreiros ser encorajados a trabalhar nas vielas e recantos sórdidos das cidades onde apenas conseguirão conversos que necessitam vigilância, e isto continuamente. Há campos completamente prontos para a ceifa, e todo o tempo e dinheiro não devem ser devotados à busca dos que pela indulgência para com o apetite têm-se exercitado na poluição. Alguns desses podem ser salvos. E há os que podem trabalhar nos lugares inferiores da Terra sem se corromperem no caráter. Mas não é seguro dedicarem-se moços e moças a esta espécie de trabalho. O experimento sairia caro. Assim os que poderiam trabalhar em setores de importância ficariam desqualificados para qualquer espécie de trabalho. ... BS 259 2 Os homens podem sentir-se profundamente movidos em seus sentimentos ao verem os seres humanos sofrendo como resultado de sua própria conduta. Há os que são especialmente impressionados a entrar em contato direto com esta classe, e o Senhor dá-lhes a comissão de trabalhar nos piores lugares da Terra, fazendo o que podem para redimir pervertidos e colocá-los onde estejam sob os cuidados da igreja. Mas o Senhor não chamou os Adventistas do Sétimo Dia para fazerem desta obra uma especialidade. Ele não deseja que nesta obra se monopolizem os obreiros ou se esgote o tesouro. -- Manuscrito 16, 1900. BS 259 3 Sustento do mundo e não das igrejas -- Constante trabalho deve ser feito pelos da classe baixa, mas isto não deve tornar-se todo-absorvente. ... Ninguém deve visitar agora nossas igrejas e na presente apertura arrancar delas fundos para sustentar a obra de libertar os párias. Os meios para o sustento dessa obra devem vir, e virão, em grande parte dos que não são de nossa fé. Dediquem-se as igrejas à obra que lhes é indicada de apresentar verdades dos oráculos de Deus nos pontos de maior importância. -- Carta 138, 1898. BS 260 1 O Senhor não põe sobre o Seu povo todo o fardo de trabalhar por uma classe tão endurecida pelo pecado que muitos deles jamais serão beneficiados ou beneficiarão a outros. Se há homens que podem assumir o trabalho pelos mais degradados, se Deus põe sobre eles o fardo de trabalhar pelas massas de várias maneiras, que vão e reclamem do mundo os meios requeridos para este trabalho. Não devem depender dos recursos que Deus destina ao sustento da obra da terceira mensagem angélica. -- Testimonies for the Church 6:246. BS 260 2 Nações esperando pela luz -- Aos que supõem que o Senhor lhes entregou a tarefa de cuidar das massas promíscuas das classes baixas, que se têm arruinado a si mesmas, muitos dos quais continuarão a fazer como têm feito no passado, ao mesmo tempo que se sustentam dos meios dados a eles pelos Adventistas do Sétimo Dia, o Senhor diz: Quem vos entregou esta tarefa? Há pessoas e nações que ainda devem receber a luz da verdade para este tempo. A mensagem do evangelho deve ser exaltada e tornar-se extensa. BS 260 3 Em cada lugar onde a mensagem é proclamada, os obreiros missionários devem ir com suas Bíblias na mão. Almas devem ser convertidas e estabelecidas na verdade. Uma casa de reuniões deve ser construída. Dos crentes deve a luz irradiar, pois devem ser como uma cidade edificada sobre um monte. A igreja deve ser nesse lugar uma testemunha do que a verdade pode fazer. -- Carta 41, 1900. ------------------------Capítulo 34 -- Nossa responsabilidade individual BS 263 0 E era um o coração e alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Não havia pois entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. Atos 4:32-35. BS 263 1 Uma tarefa individual cometida aos seguidores de Cristo -- Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual -- uma obra que não pode ser feita por procuração. O serviço aos pobres e enfermos, o anunciar o evangelho aos perdidos, não deve ser deixado a comissões ou caridade organizada. Responsabilidade individual, individual esforço e sacrifício pessoal, é uma exigência evangélica. -- A Ciência do Bom Viver, 147. BS 263 2 Necessidades são supridas quando repartimos -- Cristo, por intermédio do profeta, mandou que: "Repartas o teu pão com o faminto", e fartes a "alma aflita"; "vendo o nu o cubras", e "recolhas em casa os pobres desterrados." Ordenou-nos: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Quantas vezes, porém, nosso coração sucumbe e falha-nos a fé, ao vermos quão grande é a necessidade, quão limitados os meios em nossas mãos! Como André, ao olhar aos cinco pães de cevada e os dois peixinhos, exclamamos: "Que é isto para tantos?" Hesitamos freqüentemente, não dispostos a dar tudo o que temos, temendo gastar e ser gastos por outros. Mas Jesus nos manda: "Dai-lhes vós de comer." Sua ordem é uma promessa; e em Seu apoio está o mesmo poder que alimentou a multidão ao pé do mar. BS 264 1 No ato de Cristo, de suprir as necessidades temporais de uma faminta massa de povo, está envolvida profunda lição espiritual para todos os Seus obreiros. Cristo recebeu do Pai; passou-o aos discípulos; eles o entregaram à multidão; e o povo uns aos outros. Assim todos quantos se acham ligados a Cristo devem receber dEle o Pão da vida, o alimento celestial, e passá-lo a outros. ... BS 264 2 Os discípulos foram o meio de comunicação entre Cristo e o povo. Isso deve ser uma grande animação para os discípulos dEle hoje em dia. Cristo é o grande centro, a fonte de toda força. DEle devem os discípulos receber a provisão. Os mais inteligentes, os mais bem-dotados espiritualmente, só podem comunicar, à medida que recebem. Não podem, de si mesmos, suprir coisa alguma às necessidades da alma. Só podemos transmitir aquilo que recebemos de Cristo; e só o podemos receber à medida que o comunicamos aos outros. À proporção que continuamos a dar, continuamos a receber; e quanto mais damos, tanto mais havemos de receber. Assim estaremos de contínuo crendo, confiando, recebendo e transmitindo. BS 264 3 A obra da edificação do reino de Cristo irá avante, se bem que, segundo todas as aparências, caminhe devagar, e as impossibilidades pareçam testificar contra o seu progresso. A obra é de Deus, e Ele fornecerá meios e enviará auxiliares, sinceros e fervorosos discípulos, cujas mãos também, estarão cheias de alimento para as famintas multidões. Deus não Se esquece dos que trabalham com amor para levar a palavra da vida a almas prestes a perecer, as quais, por sua vez, buscam alimento para outras almas famintas. -- O Desejado de Todas as Nações, 369, 370. BS 265 1 Não colocar o peso sobre as organizações -- Há em nossa obra para Deus, risco de confiar demasiado no que pode fazer o homem, com seus talentos e capacidade. Perdemos assim de vista o Obreiro-Mestre. Muito freqüentemente o obreiro de Cristo deixa de compreender sua responsabilidade pessoal. Acha-se em perigo de eximir-se a seus encargos, fazendo-os recair sobre organizações, em lugar de apoiar-se nAquele que é a fonte de toda a força. Grande erro é confiar em sabedoria humana, ou em números, na obra de Deus. O trabalho bem-sucedido para Cristo, não depende tanto de números ou de talentos, como da pureza de desígnio, da genuína simplicidade, da fervorosa e confiante fé. Devem-se assumir as responsabilidades pessoais, empreender os deveres pessoais e envidar esforços pessoais em favor dos que não conhecem a Cristo. Em lugar de transferir vossa responsabilidade para alguém que julgais mais bem-dotado que vós, trabalhai segundo vossas aptidões. -- Idem, 370. BS 265 2 Deus proverá os meios -- Os meios de que dispomos talvez não pareçam suficientes para a obra mas, se avançarmos com fé, crendo no todo-suficiente poder de Deus, abundantes recursos se nos oferecerão. Se a obra é de Deus, Ele próprio proverá os meios para sua realização. Recompensará a sincera e simples confiança nEle. O pouco que é sábia e economicamente empregado no serviço do Senhor do Céu, aumentará no próprio ato de ser comunicado. Nas mãos de Cristo permaneceu, sem minguar, a escassa provisão, até que todos se saciassem. Se nos dirigimos à Fonte de toda força, estendidas as mãos da fé para receber, seremos sustidos em nosso trabalho, mesmo nas mais difíceis circunstâncias, e habilitados a dar a outros o pão da vida. -- Idem, 371. BS 266 1 É preciso correr algum risco para salvar almas -- Há um grande temor de aventurar-se e correr riscos nesta grande obra, o receio de que a expensas de meios não traga dividendos. Que importa se os meios são usados e não vemos que almas estejam sendo salvas por eles? Que importa que uma parte de nossos meios sejam um capital morto? Melhor é trabalhar e manter-se trabalhando do que nada fazer. Não sabeis qual prosperará primeiro, se esta se aquela. Os homens investem em direitos de patentes e sofrem pesadas perdas, e isto é considerado como natural. Mas na obra e causa de Deus, temem aventurar-se. Parece-lhes ser o dinheiro um capital morto, que não rende nada, quando investido na obra de salvar almas. Os próprios meios que são agora tão parcamente investidos na causa de Deus, e tão egoisticamente retidos, dentro em breve serão lançados com todos os ídolos às toupeiras e aos morcegos. Logo o dinheiro diminuirá de valor, subitamente, quando a realidade das cenas eternas se abrir ao senso dos homens. BS 266 2 Deus terá homens que arriscarão algo e tudo para salvar almas. Os que não se moverem enquanto não virem cada passo do caminho absolutamente claro diante de si, não serão de qualquer proveito nesse tempo para o progresso da verdade de Deus. Deve haver obreiros agora que avancem no escuro tanto quanto na luz, e que persistam bravamente sob desencorajamentos e desapontadas esperanças, e ainda trabalhem com fé, em lágrimas e paciente esperança, semeando junto a todas as águas, confiando em que o Senhor dará o crescimento. Deus convida a homens de têmpera, de esperança, de fé e perseverança para que trabalhem como convém. -- The True Missionary, Janeiro de 1874. BS 267 1 Cada dólar é necessário -- O fim de todas as coisas está perto e Deus convida os homens a que venham para o serviço ativo e cumpram o seu dever, porque Ele o deseja e o mundo precisa o seu auxílio. Sob a guia do Espírito Santo os homens tornar-se-ão judiciosos na aplicação de recursos e despendê-los-ão de acordo com a magnitude e importância da obra a ser feita. ... O Senhor Deus do Céu convida os homens a lançarem fora os seus ídolos, a se separarem de cada desejo extravagante, a não condescenderem com nada que seja simplesmente para ostentação e exibicionismo, e a estudarem meios de economia na aquisição de roupas e mobiliário. Não gasteis um dólar do dinheiro de Deus na aquisição de artigos desnecessários. Vosso dinheiro significa salvação de almas. Não seja ele pois gasto em jóias, ouro ou pedras preciosas. ... BS 267 2 Podeis dar milhares de dólares à Causa, e não obstante esse dólar extra, essa libra extra, são requeridos ainda. Cada libra é necessária, cada xelim pode ser posto em uso e investido de tal maneira que produza para vós um imperecível tesouro. Meus queridos amigos, que amais a Deus e O desejais servir com inteireza de coração, apelo-vos a que interrogueis a vós mesmos quando estais gastando dinheiro na aquisição de bens: "Estou glorificando a Deus, ou estou simplesmente satisfazendo a um desejo humano? Investirei este dinheiro que tenho em mãos em satisfação própria, em presentes para meus filhos, ou para meus amigos, ou serei coobreiro de Cristo, um padrão para todos que estão estudando para glorificar a Deus?" É-nos dada a regra: "Quer comais, ou bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus." -- Carta 90, 1895. ------------------------Capítulo 35 -- Pondo em liberdade fluxos de benevolência BS 268 1 Ser distribuidores de Deus -- Deus pôs propriedades nas mãos dos homens para que aprendessem a ser misericordiosos, a ser Seus distribuidores para aliviar os sofrimentos de Suas criaturas caídas. -- The Signs of the Times, 20 de Junho de 1892. BS 268 2 Visam conservar os corações ternos e compreensivos -- Atos de generosidade e benevolência foram designados por Deus para conservar os corações dos filhos dos homens ternos e compreensivos e para encorajar neles o interesse e afeição de uns pelos outros na imitação do Mestre que, por amor a nós, tornou-Se pobre, a fim de que por Sua pobreza fôssemos enriquecidos. -- Testimonies for the Church 3:547. BS 268 3 Correntes de beneficência devem conservar-se fluindo -- Os pequenos fluxos de beneficência devem ser conservados sempre fluindo para o tesouro. A providência de Deus está muito na frente, caminha muito mais depressa que nossas liberalidades. -- Manuscrito 26, 1891. BS 268 4 Constante fluxo de dons -- O dinheiro que Deus confiou aos homens deve ser usado com o objetivo de trazer bênçãos à humanidade, aliviando as necessidades dos sofredores e necessitados. Não devem os homens pensar que fizeram uma coisa muito maravilhosa quando doaram a certas instituições ou igrejas grandes somas. Na sábia providência de Deus são constantemente apresentados perante eles os que necessitam de seu auxílio. Devem aliviar os sofredores, vestir os nus, e ajudar a muitos que estão em circunstâncias de dureza e provação, que estão lutando com todas as energias para evitar que eles e suas famílias sejam entregues à caridade pública. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1898. BS 269 1 Pedimos para outros -- Quando oramos: "O pão nosso de cada dia nos dá hoje", pedimos para outros da mesma maneira que para nós mesmos. E reconhecemos que aquilo que Deus nos dá não é somente para nós. Deus nos dá em depósito, a fim de podermos alimentar o faminto. Em Sua bondade, providenciou para os pobres. Salmos 68:10. E Ele diz: "Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem vizinhos ricos. ... Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos." Lucas 14:12-14. -- O Maior Discurso de Cristo, 163, 164. BS 269 2 A inscrição de Deus em cada dólar -- Seja qual for a quantidade de nossos talentos -- um, dois ou cinco -- nenhum centavo de nosso dinheiro deve ser desperdiçado com vaidades, orgulho ou egoísmo. Cada dólar de nossa renda tem em si a efígie e inscrição de Deus. Enquanto houver famintos no mundo de Deus para serem alimentados, nus a serem vestidos, almas perecendo pelo pão e água da salvação, todo dispêndio desnecessário, todo capital acumulado, clamam em favor dos pobres e nus. -- The Signs of the Times, 20 de Junho de 1892. BS 269 3 Fluxos de beneficência secados -- Quanto mais as pessoas gastam em roupas, menos podem ter para alimentar os famintos e vestir os nus; e os fluxos de beneficência que deviam estar constantemente jorrando, tornam-se secos. Cada dólar poupado mediante o negar-se o uso inútil de ornamentos pode ser dado aos necessitados ou posto no tesouro do Senhor para sustentar o evangelho, enviar missionários aos países estrangeiros ou multiplicar publicações que levem raios de luz às almas que estão nas trevas do erro. Cada dólar usado desnecessariamente priva o seu possuidor de uma preciosa oportunidade de fazer o bem. -- Testimonies for the Church 4:645, 646. BS 270 1 Deus convida para abnegação -- Deus convida os jovens a renunciarem a ornamentos e artigos de vestuário desnecessários, mesmo quando quase nada custem, e a depositarem esta quantia na caixa de caridade. Ele apela também a pessoas de mais idade a que se detenham quando estão examinando um relógio ou corrente de ouro ou algum artigo caro de mobiliário, e façam a si mesmos a pergunta: Seria correto gastar tão grande soma por algo sem o que podemos passar, ou quando um artigo mais barato serve igualmente para o mesmo fim? Negando-vos a vós mesmos e exaltando a cruz de Jesus, que por amor de vós Se fez pobre, podeis fazer muito para aliviar os sofrimentos dos pobres dentre nós; e por assim imitar o exemplo de vosso Senhor e Mestre, recebereis Sua aprovação e bênção. -- Idem, 511. BS 270 2 Grande coisa é ser mordomos do Senhor -- Oh! se vissem escrito em suas decorações caras em seus lares, em seus quadros e mobiliário: "Que recolhas em casa os pobres desabrigados"! Na sala de jantar, onde a mesa está repleta de abundantes alimentos, escreveu o dedo de Deus: "Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados?" BS 270 3 Que todos, jovens e velhos, considerem que não é coisa leve ser mordomo do Senhor e ser classificado nos livros do Céu como usuário egoísta. Os necessitados, os oprimidos, são deixados a sofrer necessidade, enquanto o dinheiro do Senhor é egoisticamente esbanjado em extravagância e luxo. Oh! que todos se lembrem de que Deus não faz acepção de pessoas! Grande coisa é ser mordomo, fiel e leal, diante de um Deus imparcial e justo, que não desculpará em qualquer de Seus mordomos nenhuma injustiça nem roubo para com Ele. -- Manuscrito 11, 1892. BS 271 1 Maravilhosa reforma prometida -- Quando a graça de Cristo é expressa em palavras e obras por parte dos crentes, a luz brilhará para os que estão em trevas; pois enquanto os lábios estão proferindo louvores a Deus, as mãos estão estendidas em beneficência para ajudar aos que estão perecendo. Lemos que no dia do Pentecoste, quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, ninguém dizia que o que possuía era seu próprio. Todos os seus bens eram para o avançamento da maravilhosa reforma. E milhares foram convertidos num dia. Quando o mesmo espírito atuar nos crentes de hoje, e eles derem a Deus suas propriedades com a mesma liberalidade, será realizada obra ampla e de vasto alcance. -- Manuscrito 95, 1907. ------------------------Capítulo 36 -- Fundos específicos para a obra de beneficência BS 272 1 Os cristãos devem agir como tesoureiros de Deus -- Os pobres são herança de Deus. Cristo deu Sua vida por eles. Ele reclama daqueles a quem indicou para agir como Seus mordomos, que dêem liberalmente dos meios a eles confiados para aliviar os pobres e sustentar Sua obra na Terra. O Senhor é rico em recursos. Ele designou homens para agirem como Seus tesoureiros neste mundo. O que lhes tem dado devem eles usar em Seu serviço. -- Manuscrito 146, 1903. BS 272 2 Uma oferta de gratidão em favor dos pobres -- Em cada igreja deveria ser estabelecido um tesouro para os pobres. Então apresente cada membro a Deus uma oferta de gratidão uma vez por semana ou uma vez por mês, conforme for mais conveniente. Essa oferta exprimirá nossa gratidão pelas dádivas da saúde, do alimento e do agasalhante vestuário. E segundo Deus nos tenha abençoado com esses confortos, poremos de parte para os pobres, sofredores e aflitos. Desejo chamar a atenção de nossos irmãos especialmente para este ponto. Lembrai-vos dos pobres. Renunciai a algumas de vossas superfluidades, sim, os próprios confortos, e ajudai àqueles que apenas conseguem o mais escasso alimento e vestuário. Fazendo isso por eles, vós o estais fazendo por Jesus na pessoa de Seus santos. Ele identifica-Se com a humanidade sofredora. Não espereis até que estejam satisfeitas todas as vossas necessidades imaginárias. Não confieis em vossos sentimentos, dando quando estais inclinados a fazê-lo, e retendo quando não tendes o desejo. Dai regularmente, dez, vinte ou cinqüenta cents por semana, como desejaríeis ver escrito no registro celestial no dia de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:42. BS 273 1 Uma caixa de ofertas em casa -- Tenha cada um uma caixa de economias em seu lar, e quando desejar gastar dinheiro para satisfação pessoal, lembre-se dos necessitados e famintos na África e na Índia e os que estão às suas portas. Há pobres entre nós. Praticai a economia, e em todos os casos apresentai o problema a Deus. Pedi-Lhe que vos dê o espírito de Cristo, a fim de serdes em todo o sentido da palavra discípulos de Cristo e receberdes Suas bênçãos. Ao voltardes da adoração do eu e procurardes aliviar o sofrimento da humanidade, orai para que Deus vos dê uma verdadeira obra missionária a fazer pelas almas. Então os que vierem ao culto na casa de Deus verão um povo vestido com modéstia em harmonia com a fé e a Palavra de Deus. São essas coisas que roubam ao povo de Deus o amor, a certeza e a confiança que devem ter nEle, que maculam a experiência religiosa e desenvolvem o egoísmo que Deus não pode contemplar. -- Manuscrito 52, 1898. BS 273 2 O segundo dízimo -- A fim de promover a reunião do povo para serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro. Com relação ao primeiro dízimo, declarou o Senhor: "Aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel." Números 18:21. Mas em relação ao segundo Ele ordenou: "Perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o Seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto, e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias." Deuteronômio 14:23, 29; 16:11-14. Este dízimo, ou o seu equivalente em dinheiro, deviam por dois anos trazer ao lugar em que estava estabelecido o santuário. Depois de apresentarem uma oferta de agradecimento a Deus, e uma especificada porção ao sacerdote, os ofertantes deviam fazer uso do que restava para uma festa religiosa, da qual deviam participar os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. ... BS 274 1 Em cada terceiro ano, entretanto, este segundo dízimo devia ser usado em casa, hospedando os levitas e os pobres, conforme Moisés dissera: "Para que comam dentro das tuas portas, e se fartem." Deuteronômio 26:12. Este dízimo proveria um fundo para fins de caridade e hospitalidade. -- Patriarcas e Profetas, 530. BS 274 2 A consagração a Deus de um décimo de toda a renda, quer fosse dos pomares quer dos campos, dos rebanhos ou do trabalho mental e manual; a dedicação de um segundo dízimo para o auxílio dos pobres e outros fins beneficentes, tendia a conservar vívida diante do povo a verdade de que Deus é o possuidor de todas as coisas, e a oportunidade deles para serem portadores de Suas bênçãos. Era um ensino adaptado a extirpar toda a estreiteza egoísta, e cultivar largueza e nobreza de caráter. -- Educação, 44. BS 274 3 Ofertas para a obra de beneficência -- Devem-se fazer obras de benemerência; os pobres e os sofredores precisam ser ajudados. Ofertas e donativos devem ser designados para este fim. Especialmente nos campos novos, onde o estandarte da verdade jamais fora erguido, esta obra precisa ser feita. -- Special Testimonies, Série A, 9:68. BS 274 4 Médicos missionários podem encontrar um campo em que aliviar os sofrimentos dos que estão debilitados por doenças corporais. Devem ter meios com que vestir os nus e alimentar os famintos. A obra de assistência cristã fará mais que a pregação de sermões. -- The Review and Herald, 24 de Dezembro de 1895. BS 274 5 Será necessário criar um fundo para que os obreiros possam ter meios a fim de ajudar aqueles que estão em pobreza e angústia, e este ministério prático abrirá os corações para responder à verdade. -- Idem, 28 de Janeiro de 1896. BS 275 1 Homens são indicados para proclamar a verdade em novos lugares. Esses homens precisam ter recursos para o seu sustento. E precisam ter um fundo do qual tirar para ajudar os pobres e necessitados que encontram em seu trabalho. A beneficência que mostrarem para com os pobres dá influência a seus esforços na proclamação da verdade. Sua disposição de ajudar os que estão em necessidade ganha para eles a gratidão daqueles a quem ajudam e a aprovação do Céu. -- Carta 32, 1903. BS 275 2 O auxílio deve provir de contribuições especiais -- No sexto capítulo de Atos é-nos mostrado ao serem escolhidos homens para ocupar posições na igreja, como foi o assunto apresentado perante o Senhor e feitas as mais ferventes orações com o pedido de guia. As viúvas e órfãos deviam ser sustentados pelas contribuições da igreja. Suas necessidades não deviam ser providas pela igreja mas por donativos especiais. O dízimo devia ser consagrado ao Senhor, sendo usado sempre para o sustento do ministério. Homens deviam ser escolhidos para superintender a obra de cuidar dos pobres, zelar pela distribuição correta dos meios em mãos, a fim de que nenhum dentre os crentes sofresse necessidades. -- Carta 9, 1899. BS 275 3 Ninguém sofre quando o plano de Deus é seguido -- Nada há, depois do reconhecimento dos direitos de Deus, que mais caracterize as leis dadas por Moisés do que o espírito liberal, afetuoso e hospitaleiro ordenado para com os pobres. Embora Deus houvesse prometido abençoar grandemente Seu povo, não era Seu desígnio que a pobreza fosse inteiramente desconhecida entre eles. Ele declarou que os pobres nunca se acabariam na Terra. Sempre haveria entre Seu povo os que poriam em ação a simpatia, ternura e benevolência deles. Então, como agora, as pessoas estavam sujeitas a contratempos, enfermidade e perda de propriedade; todavia, enquanto seguiram as instruções dadas por Deus, não houve mendigos entre eles, nem qualquer que sofresse fome. -- Patriarcas e Profetas, 566. ------------------------Capítulo 37 -- As riquezas das nações BS 277 1 Não tirar recursos da causa -- O dízimo é separado para uso especial. Não deve ser considerado como fundo para pobres. Ele deve ser especialmente devotado ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo, e não deve ser desviado deste propósito. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896. BS 277 2 A causa de Deus não deve ser passada por alto para que os pobres recebam nossa primeira atenção. Cristo deu certa vez a Seus discípulos uma importante lição neste ponto. Quando Maria ungiu com o ungüento a cabeça de Jesus, o cobiçoso Judas fez um apelo em favor dos pobres, lamentando o que lhe parecia um desperdício de dinheiro. Mas Jesus defendeu o ato, dizendo: "Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo." "Onde for pregado em todo o mundo este evangelho, será também contado o que ela fez." Somos assim ensinados que Cristo deve ser honrado na consagração do melhor que temos. Devesse toda a nossa atenção ser dirigida para as necessidades dos pobres, a causa de Deus seria negligenciada. Ninguém sofreria se os Seus mordomos cumprissem o seu dever, mas a causa de Cristo deve vir em primeiro lugar. -- Testimonies for the Church 4:550, 551. BS 277 3 Os reclamos de Deus devem ter precedência sobre quaisquer outros e devem ter sua desincumbência primeiro. Depois disto então devem os pobres e necessitados receber atenção. -- The Youth's Instructor, 26 de Agosto de 1897. BS 277 4 Receber de outras fontes -- Deus nos abrirá um caminho de recursos, fora do nosso povo. Não posso compreender como alguém pode fazer objeção contra a aceitação de dinheiro oferecido por pessoas não pertencentes a nossa fé. Somente por uma questão de pontos de vista extremos e por criar motivos a que não estão autorizados é que podem assim proceder. -- Special Testimonies, Série A 3:43. BS 278 1 Deus leva incrédulos a ajudar -- Indagais com respeito à conveniência de receber donativos de gentios ou pagãos. A indagação não é estranha; mas eu vos pergunto: Quem é o dono do mundo? Quem é o verdadeiro dono de casas e terras? Não é Deus? Ele possui em nosso mundo abundâncias que pôs nas mãos dos homens, para que por elas sejam os famintos supridos de alimentos, os nus sejam vestidos, os desabrigados tenham um lar. O Senhor influenciaria os homens do mundo, até mesmo os idólatras, a dar-nos de seus recursos para o sustento da obra, se deles nos aproximássemos sabiamente e lhes déssemos uma oportunidade de fazer aquilo que é seu privilégio fazer. O que dessem seria nosso privilégio receber. BS 278 2 Devemos nos familiarizar com homens em altos postos, e pondo em prática a prudência da serpente e a mansidão da pomba procurar tirar vantagem deles, pois Deus está pronto a atuar sobre suas mentes a fim de fazerem alguma coisa em favor do Seu povo. Se pessoas devidamente preparadas pusessem diante dos que têm meios e influência as necessidades da obra de Deus em sua luz conveniente, esses homens poderiam fazer muito para o progresso da causa de Deus em nosso mundo. Temos afastado para longe de nós privilégios e vantagens dos quais nos poderíamos ter beneficiado, porque escolhemos manter-nos independentes do mundo. Mas não precisamos sacrificar nem um só princípio da verdade quando aproveitamos cada oportunidade para o progresso da causa de Deus. -- Idem, 29, 30. BS 279 1 Convidai grandes e bons homens para nos ajudar -- Há um mundo a ser advertido, e temos sido muito escrupulosos em solicitar de homens ricos, seja da igreja ou não, a que nos ajudem na obra. Nós gostaríamos que todo professo cristão estivesse conosco. Devíamos desejar que suas almas se dilatassem em liberalidade ajudando-nos a construir o reino de Deus em nosso mundo. Devemos apelar a grandes e bons homens a que nos ajudem no trabalho cristão em que estamos empenhados. Devem eles ser convidados a secundar nossos esforços em buscar e salvar o que se havia perdido. -- The Origin and Devolepment of the Thanksgiving Plan, 5. BS 279 2 Não devem os donativos ser recusados -- Quando mostrarmos ao mundo, aos anjos e aos homens que a prosperidade da causa de Deus é nossa primeira consideração, Deus nos abençoará. Algumas vezes Ele opera por intermédio dos incrédulos, e recursos inesperados vêm. O Senhor põe no coração dos homens que devem ajudar. Os recursos assim provindos não devem ser recusados. Quando os meios nos advêm dos incrédulos, devem ser usados pelos instrumentos humanos para honra de Deus. Cada doador de mente espiritualizada e coração inteiro, aplicará corretamente cada talento que Deus lhe confiou. BS 279 3 O Senhor não está na dependência de nossos recursos. Ele não Se verá restringido pelos instrumentos humanos. Seu caminho é sempre o caminho melhor, e qualquer auxílio que possa advir para o avançamento de Sua causa e obra em qualquer de nossas instituições deve ser usado como provindo dEle. Os donativos dos incrédulos não devem ser recusados. O dinheiro é do Senhor, e deve ser recebido com gratidão. Deixemos que o Senhor aja e dirija como desejar. ... Nós cremos que o tempo está no fim. A eternidade está às portas. Nosso suprimento de meios é limitado, e a obra a ser feita é grande. É agora que se deve exercitar a fé. Nossa suficiência está em Deus. -- Manuscrito 47, 1899. BS 280 1 Os ricos fornecerão recursos -- Os que trabalham no interesse da causa de Deus exponham as necessidades da obra em _____ perante os homens ricos do mundo. Façam isto judiciosamente. Informai-os do que estais procurando fazer. Solicitai deles donativos. São recursos de Deus o que eles possuem, os quais devem ser usados para esclarecimento do mundo. BS 280 2 Há acumulados na terra grandes tesouros de ouro e prata. As riquezas dos homens têm-se acumulado. Ide a estes mostrando um coração cheio de amor por Cristo e para com a humanidade sofredora, e pedi-lhes que ajudem no trabalho que estais procurando realizar para o Mestre. Quando esses homens notarem os vossos sentimentos, os quais expressam a benevolência de Deus, uma nota lhes vibrará no coração. Eles verão que podem ser uma mão ajudadora de Cristo na obra médico-missionária. Serão levados a cooperar com Deus, fornecendo os meios necessários para pôr em marcha o trabalho que precisa ser feito. -- Manuscrito 40, 1901. BS 280 3 Impressionados pelo espírito a dar -- As classes mais altas têm sido estranhamente negligenciadas. Nas esferas mais elevadas da sociedade encontram-se muitos que hão de corresponder à verdade, porque ela é coerente, porque apresenta o selo do elevado caráter do evangelho. Não poucos de entre os homens de capacidade assim conquistados para a verdade, hão de entrar com energia para a obra do Senhor. BS 280 4 O Senhor pede aos que se acham em posições de confiança, aqueles a quem Ele tem confiado Seus preciosos dons, que empreguem os talentos de inteligência e de meios em Seu serviço. Nossos obreiros devem apresentar a esses homens uma clara exposição de nosso plano de trabalho, dizendo-lhes o que necessitamos para auxiliar o pobre e o necessitado, e para estabelecer esta obra sobre uma base firme. Alguns desses serão impressionados pelo Espírito Santo para empregar os recursos do Senhor de maneira a fazer progredir Sua causa. Eles cumprirão Seus desígnios ajudando a criar centros de influência nas grandes cidades. -- Obreiros Evangélicos, 361. BS 281 1 Sinal de sua benevolência -- A experiência dos dias apostólicos virá a nós se os homens forem trabalhados pelo Espírito Santo. O Senhor retirará Suas bênçãos onde nossos interesses egoístas são satisfeitos, mas concederá grandes bens ao Seu povo em todo o mundo se usarem abnegadamente suas habilidades para o soerguimento da humanidade. Sua obra deve ser um sinal de Sua benevolência, sinal que há de ganhar a confiança e redundar em recursos para o avançamento do evangelho. -- Special Testimonies, Série B, 1:20. BS 281 2 O dinheiro é de Deus -- Por que não solicitar ajuda aos gentios? Tenho recebido instrução de que há homens e mulheres no mundo que são simpáticos de coração, e que se mostrarão compadecidos com as necessidades da humanidade sofredora ao serem-lhes estas apresentadas. ... BS 281 3 O assunto tem-me sido apresentado nesta luz. Nossa obra deve ser empreendedora. O dinheiro é do Senhor, e se os ricos são abordados de maneira apropriada, o Senhor lhes tocará o coração e os impressionará para que dêem de seus recursos. O dinheiro de Deus está nas mãos dos homens, e alguns deles darão ouvidos às solicitações de auxílio. BS 281 4 Falai sobre isto e fazei tudo que estiver em vosso poder para conseguir donativos. Não devemos pensar que não seria próprio pedir auxílio aos homens do mundo, pois isso é justamente o que se deve fazer. Este plano foi exposto perante mim como um meio de se entrar em contato com homens ricos deste mundo. Por este meio não poucos se tornarão interessados, ouvirão e crerão na verdade para este tempo. -- Stewardship Series, 1:15, 16. BS 282 1 Como estabelecer um contato -- Multidões prósperas no mundo, e que nunca descem às formas comuns de vício, são ainda levadas à destruição pelo amor das riquezas. ... BS 282 2 Tais pessoas se acham carecidas do evangelho. É preciso que volvamos os seus olhos da vaidade das coisas materiais, para contemplar a preciosidade das riquezas eternas. Precisam aprender a alegria de dar, a bênção de serem colaboradores de Deus. BS 282 3 As pessoas dessa classe são muitas vezes as de mais difícil acesso, mas Cristo abrirá caminhos pelos quais possam ser alcançadas. Que os mais sábios, mais confiantes, mais esperançosos obreiros procurem essas almas, com a sabedoria e o tato nascidos do divino amor, com a cortesia e a delicadeza que resultam unicamente da presença de Cristo na alma, trabalhem eles pelos que, deslumbrados pelo brilho das riquezas terrenas, não vêem a glória dos tesouros celestes. BS 282 4 Estudem os obreiros a Bíblia com eles, forcejando por introduzir-lhes a verdade sagrada no coração. Lede-lhes as palavras de Deus: "Mas vós sois dEle em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria e justiça, e santificação, e redenção." "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." "Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua graça." "O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus." 1 Coríntios 1:30; Jeremias 9:23, 24; Efésios 1:7; Filipenses 4:19. BS 283 1 Tal apelo, feito no espírito de Cristo, não será considerado impertinente. Impressionará o espírito de muitos da classe mais elevada. BS 283 2 Mediante esforços feitos com sabedoria e amor, muito rico poderá ser despertado para o senso de sua responsabilidade para com Deus. Quando se faz claro que o Senhor espera que eles, como representantes Seus, aliviem a humanidade sofredora, muitos corresponderão e darão de seus meios e simpatia para benefício dos pobres. Quando o espírito for assim desviado de seus interesses egoístas, muitos serão levados a se entregarem a Cristo. Com seus talentos de influência e recursos, unir-se-ão de bom grado à obra de beneficência com o humilde missionário que foi instrumento de Deus em sua conversão. Pelo devido emprego de seus tesouros terrenos, ajuntarão "tesouro no Céu que nunca acabe, onde não chega ladrão e a traça não rói". Assegurarão para si o tesouro que a sabedoria oferece, isto é, "riquezas duráveis da justiça". -- Testemunhos Selectos 2:494-496. ------------------------Capítulo 38 -- Vendagem de alimentos BS 284 1 Permitida a vendagem de alimentos sob responsabilidade da igreja -- Quando se reuniu a Feira Estadual em Battle Creek, nosso povo levou consigo para o local três ou quatro fogões e demonstrou como se podem preparar bons alimentos sem a utilização de carne. Foi-nos dito que tínhamos a melhor mesa no local. Onde quer que estejam reunidas grandes multidões, é vosso privilégio delinear planos para atender aos que ali vão com alimento saudável, e deveis tornar vossos esforços educativos. -- Manuscrito 27, 1906. BS 284 2 Uma experiência singular em educação sanitária -- Foi por ocasião da visita do grande circo Barnun a esta cidade, em 28 de Junho [1877], que as senhoras da Woman's Christian Temperance Union marcaram um grande ponto em favor da temperança e da reforma organizando um enorme restaurante de temperança para acomodar multidões que se aglomeravam então, vindas dos campos, para visitar o circo, prevenindo-as assim de visitar bares e botequins onde estariam expostos a tentações. A enorme tenda, capaz de abrigar cinco mil pessoas, usada pela Associação Michigan para reuniões bienais, foi utilizada na ocasião. Sob o imenso templo de lona foram preparadas quinze ou vinte mesas para a acomodação dos hóspedes. BS 284 3 Por convite o sanatório preparou uma vasta mesa bem no centro do grande pavilhão, prodigamente suprida com deliciosos frutos, cereais e vegetais. Esta mesa formava a principal atração e foi mais procurada que qualquer outra. Embora tivesse mais de dez metros de comprimento, ela ficou tão apinhada que foi necessário juntar-lhe outra com uns dois terços do seu tamanho, que também ficou lotada. -- Testimonies for the Church 4:275. BS 285 1 Planejando um banquete -- Ontem tive uma conversa de duas horas com A e sua esposa, os quais estão trabalhando no sanatório aqui. Penso que a entrevista foi proveitosa. Eles falaram de um plano que têm em mente: preparar um banquete no sanatório e convidar preeminentes pessoas residentes em Sta. Helena -- advogados, banqueiros e ministros. Esperam poder assim fazer alguma coisa para remover a impressão que parece ter sido deixada por alguns em Sta. Helena, de que esta instituição é um lugar onde apenas pessoas imbecis e decrépitas são cuidadas. O irmão B., gerente do Restaurante Vegetariano São Francisco, virá para cuidar da preparação do banquete. BS 285 2 Não vi objeção a este plano. Quando a luz da reforma de saúde veio-nos no princípio, costumávamos, em ocasiões de festa, levar fogões para o lugar onde o povo se reunia e aí preparar várias espécies de pão sem levedura. Penso que foram bons os resultados de nossos esforços, embora, diga-se, não tivéssemos então os recursos de preparação de alimentos saudáveis como os temos hoje. Nesse tempo estávamos apenas começando a aprender como viver sem o uso de alimentos cárneos. BS 285 3 Algumas vezes demos pequenas festas, e tomamos o cuidado de que tudo que íamos preparar para a mesa fosse apetecível e bom. Na estação das frutas utilizamos amoras, morangos e framboesas recém-apanhados. Fizemos da mesa uma lição objetiva que mostrava aos presentes que nosso regime alimentar, embora em harmonia com os princípios da reforma de saúde, estava longe de ser um regime pobre. BS 286 1 Algumas vezes faziam-se breves preleções sobre temperança em relação com esses entretenimentos, e assim o povo se tornava familiarizado com nossos princípios de vida. Tanto quanto saibamos, todos ficavam contentes e eram esclarecidos. Sempre tínhamos algo a dizer sobre a necessidade de prover alimento saudável e de preparo simples, tornando-o não obstante tão gostoso e apetitoso que os comensais se sentissem satisfeitos. -- Carta 166, 1903. BS 286 2 Perigo da preocupação comercial na vendagem de alimentos -- Foi-me esclarecido que nas cidades poderia haver oportunidade para se fazer uma obra semelhante a que fizemos nos terrenos da feira de Battle Creek.* Em harmonia com esta luz, restaurantes vegetarianos têm sido estabelecidos. Mas há o grave perigo de que os obreiros de nossos restaurantes se tornem tão imbuídos do espírito de comercialismo que deixem de repartir a luz que o povo necessita. Nossos restaurantes põem-nos em contato com muitas pessoas, mas se permitimos que nosso espírito se absorva com o pensamento do proveito financeiro, falharemos em cumprir o propósito de Deus. Devemos tirar vantagem de cada oportunidade de apresentar a verdade que salva homens e mulheres da morte eterna. -- Manuscrito 27, 1906. BS 286 3 Cristo alcançava o povo em suas festas -- Cristo é nosso Mestre. Mediante definidas instruções Ele preparou os Seus seguidores para a tarefa que lhes deixava. Tão logo aprendeu a falar, Cristo usou o talento da fala no círculo familiar e entre os amigos e conhecidos, de maneira impecável. Nenhuma palavra impura escapou de Seus lábios. Jamais cometeu um ato errado, pois era o Filho de Deus. Embora possuísse forma humana, estava isento de qualquer mancha de pecado. BS 287 1 Quando convidado, ao iniciar Suas atividades, para um banquete ou festa oferecidos por algum fariseu ou publicano, Ele aceitava o convite. Foi acusado pelos líderes religiosos de comer com publicanos, e estes lançavam sobre Ele a imputação de que era igual a eles. Mas nessas ocasiões Cristo dominava a palestra à mesa e dava muitas lições. E os que estavam presentes ouviam-nO: pois não havia Ele curado os seus doentes, confortado os seus tristes, tomado nos braços os seus filhos, e os abençoado? Publicanos e pecadores eram atraídos a Ele, e quando abria os lábios para falar-lhes, tinha a atenção deles sobre Si. BS 287 2 Cristo ensinou os Seus discípulos como conduzir-se quando em companhia dos que não eram religiosos como dos que o eram. Ensinou-lhes pelo exemplo que quando assistindo a qualquer reunião pública, não precisavam desejar dizer alguma coisa. Mas Sua conversação diferia profunda e decididamente daquilo que tinha sido ouvido em festas no passado. Cada palavra que Ele proferia era para os Seus ouvintes um cheiro de vida para vida, e eles ouviam-nO com submissa atenção, como se desejosos de ouvir com um determinado propósito. BS 287 3 O respeito mostrado a Cristo nos banquetes que Ele freqüentava estava em marcado contraste com a maneira em que os escribas e fariseus eram tratados, e isto lhes era angustioso. Cristo dava lições adaptadas às necessidades dos Seus ouvintes. Foi quando presente a um banquete que Ele contou a parábola da grande ceia, e mostrou a maneira como fora considerado o convite do rei. ... BS 287 4 O grande Mestre falava como quem tem autoridade. Ele instruía Seus discípulos com respeito aos deveres e regras da vida social, os quais são como as próprias leis do reino de Deus. Cristo proferia Suas palavras com grande clareza e simplicidade e não com som incerto. Suas palavras eram como maçãs de ouro em salvas de prata. -- Manuscrito 19, 1899. BS 288 1 Oportunidades nos grandes ajuntamentos -- Recebi instrução de que ao nos aproximarmos do fim haverá grandes reuniões em nossas cidades como aconteceu recentemente em São Luís, e que se devem fazer preparativos para apresentar a verdade nesses ajuntamentos. Quando Cristo esteve na Terra, Ele aproveitou tais oportunidades. Onde quer que estivesse reunido grande número de pessoas para algum fim, Sua voz era ouvida, clara e distinta, dando Sua mensagem. E como resultado, após Sua crucifixão e ascensão, milhares foram convertidos num dia. A semente semeada por Cristo deitou raízes profundas nos corações, e germinou, e quando os discípulos receberam o dom do Espírito Santo, foi feita a ceifa. ... BS 288 2 Em cada grande ajuntamento alguns de nossos pastores devem estar presentes. Devem trabalhar sabiamente para obter um auditório e levar a luz da verdade perante tantos quantos seja possível. ... BS 288 3 Devemos aproveitar cada oportunidade como a que se apresentou na feira de São Luís. Em ajuntamentos semelhantes devem estar presentes homens a quem Deus possa usar. Folhetos contendo a luz da verdade presente devem ser espalhados entre o povo como folhas de outono. Para muitos que assistem a essas reuniões esses folhetos seriam como folhas da árvore da vida, que são para a saúde das nações. -- Carta 296, 1904. ------------------------Capítulo 39 -- Métodos proibidos de levantamento de fundos BS 289 1 Não é próprio apelar para o apetite e o amor dos prazeres -- Vemos as igrejas de nossos dias encorajando festins, glutonarias e dissipação, por meio de ceias, convescotes, danças e festivais realizados com o propósito de levantar fundos para o tesouro da igreja. Aqui está um método inventado por mentes carnais a fim de conseguir meios sem sacrifício. ... BS 289 2 Tais exemplos fazem impressão no espírito de jovens. Eles notam que sorteios, exposições e jogos são sancionados pela igreja, e acham que há algo fascinante nesta maneira de obter recursos. ... BS 289 3 Guardemos distância de todas essas corrupções de igreja, dessas dissipações e festivais, que têm influência desmoralizante sobre jovens e velhos. Não temos o direito de cobri-los com o manto da santidade, só porque esses recursos vão ser usados para propósitos da igreja. São ofertas coxas e enfermas, e levam a maldição de Deus. São preço de almas. O púlpito pode defender festas, bailes, sorteios, exposições e luxuosos banquetes, a fim de obter meios para planos da igreja, mas não participemos de nenhuma dessas coisas; se o fizermos, o desprazer de Deus estará sobre nós. Não nos proponhamos apelar para a luxúria do apetite ou o recurso de divertimentos carnais como incentivo aos professos seguidores de Cristo para que dêem dos meios que Deus a eles confiou. Se não derem de boa vontade, pelo amor de Cristo, de maneira nenhuma será a oferta aceita por Deus. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. BS 290 1 A igreja é desacreditada -- Para a obtenção de dinheiro para fins religiosos, a que meio recorrem muitas igrejas? A vendas, comidas, quermesses, e até a rifas e coisas semelhantes. Amiúde, o lugar consagrado para o culto divino é profanado por festanças em que se come e bebe, compra e vende, e as pessoas se divertem. Dessa forma desaparece na mente dos jovens o respeito à casa de Deus e a Seu culto. Enfraquece o domínio próprio. O egoísmo, o apetite e o amor à ostentação são estimulados e fortalecem-se com a prática. -- Testemunhos Selectos 3:328. BS 290 2 Como são impressionados os incrédulos -- E qual a impressão feita no espírito dos incrédulos? A santa norma da Palavra de Deus é rebaixada até o pó. Lança-se a ignomínia sobre Deus e o nome cristão. Os mais corruptos princípios são fortalecidos por este meio não escriturístico de levantar fundos. E isto é como Satanás desejava. Os homens estão repetindo o pecado de Nadabe e Abiú. Estão usando fogo comum em vez de fogo sagrado no serviço de Deus. O Senhor não aceita tais ofertas. BS 290 3 Todos estes meios usados com o objetivo de trazer dinheiro a Sua tesouraria são uma abominação para o Senhor. É uma devoção espúria que permite todos estes enganos. Oh! que cegueira, que enfatuação de tantos que se dizem cristãos! Os membros da igreja estão fazendo como os habitantes do mundo que nos dias de Noé fizeram, quando a imaginação do seu coração era má continuamente. Todos quantos temem a Deus, detestarão essas práticas como má representação da religião de Jesus Cristo. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1896. BS 290 4 Dando para satisfação egoísta -- Nas reuniões professadamente cristãs Satanás lança uma vestimenta religiosa sobre enganosos prazeres e festanças não santificados a fim de dar-lhes a aparência de santidade, e a consciência de muitos aquieta-se porque se estão coletando meios para custear despesas da igreja. Os homens recusam dar pelo amor de Deus, mas pelo amor dos prazeres e pela indulgência para com o apetite sobre considerações egoístas, abrirão mão de seu dinheiro. BS 291 1 Será porque não haja poder nas lições de Cristo sobre a benevolência, e em Seu exemplo, e na graça de Deus sobre o coração para levar os homens a glorificar a Deus com a sua fazenda, que se torna necessário adotar tal procedimento para sustentar a igreja? Os danos causados à saúde física, mental e moral nesses divertimentos e glutonarias não são pequenos. E o dia do ajuste final mostrará almas perdidas pela influência dessas cenas de divertimento e leviandade. BS 291 2 É um fato deplorável que as considerações sagradas e eternas não tenham o poder de abrir o coração dos professos seguidores de Cristo a fim de voluntariamente abrirem a mão em ofertas para o sustento do evangelho, como o têm as sedutoras tentações de festas e divertimentos em geral. É uma triste realidade que esses atrativos prevaleçam quando coisas sagradas e eternas não têm força para influenciar o coração a fim de empenhar-se em obras de benevolência. BS 291 3 O plano de Moisés no deserto para levantar recursos foi altamente bem-sucedido. Não foi necessária compulsão. Moisés não fez grandes festas. Não convidou o povo para cenas de alegria, danças e divertimentos em geral. Nem instituiu sorteios ou qualquer coisa de natureza profana para conseguir recursos a fim de erguer o santuário de Deus no deserto. Deus pediu a Moisés que convidasse os filhos de Israel a trazerem suas ofertas. Ele foi autorizado a aceitar dádivas de todo homem que desse espontaneamente, de coração. Essas ofertas voluntárias vieram em tão grande abundância que Moisés proclamou ser o bastante. Eles deviam parar de trazer ofertas, pois tinham dado abundantemente, mais do que poderiam utilizar. BS 292 1 As tentações de Satanás alcançam sucesso com os professos seguidores de Cristo no ponto da condescendência para com os prazeres e apetite. Vestido como um anjo de luz, ele citará as Escrituras para justificar as tentações que coloca diante dos homens para conduzi-los a condescender com o apetite e prazeres mundanos que o coração carnal reclama. Os professos seguidores de Cristo são fracos na faculdade moral e sentem-se fascinados com a sedução que Satanás lhes apresenta, e assim ele ganha a vitória. BS 292 2 Como considera Deus as igrejas que se sustentam dessa forma? Cristo não pode aceitar essas ofertas, porque não foram dadas por força do amor e devoção para com Ele, mas pela idolatria do eu. Mas o que muitos não fariam pelo amor de Cristo, farão pelo amor de delicados luxos que satisfaçam o apetite e pelo amor de divertimentos mundanos que lisonjeiem o coração carnal. -- Idem, 13 de Outubro de 1874. BS 292 3 O motivo que leva a dar é anotado -- Foi-me mostrado que o anjo relator faz fiel registro de cada oferta dedicada a Deus e posta no tesouro, e também do resultado final dos meios assim providos. Os olhos de Deus tomam conhecimento de cada moeda devotada a Sua causa e da disposição ou relutância do doador. Os motivos que animam a dar são também anotados. Os crentes consagrados, abnegados, que devolvem a Deus o que é Seu, tal como Ele deles requer, serão recompensados segundo as suas obras. -- Testimonies for the Church 2:518, 519. ------------------------Capítulo 40 -- A influência da ministração aos vizinhos BS 295 0 Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também abunda em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos; e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. 2 Coríntios 9:11-14. BS 295 1 Que o mundo veja -- Seja visto pelo mundo que nós não somos egoisticamente restritos a nós mesmos em nossos interesses e prazeres religiosos, mas liberais, e desejamos partilhar nossas bênçãos e privilégios através da santificação da verdade. Seja visto por eles que a religião que professamos não fecha as avenidas da alma nem as congela, tornando-nos antipáticos e exatores. Que todos os que professam possuir a Cristo ministrem como Ele o fazia, para benefício do homem, acariciando um espírito de sábia benevolência. Veremos então muitas almas seguindo a luz que promana de nosso preceito e exemplo. -- Testimonies for the Church 4:59. BS 295 2 A obra de auxílio cristão é mais eficaz que sermões -- As boas obras dos filhos de Deus são a mais eficaz pregação para os incrédulos. -- Spiritual Gifts 2:235. BS 296 1 Façam eles obra de auxílio cristão, alimentando os famintos e vestindo os nus. Terão assim muito maior influência para o bem do que a pregação de sermões. -- Testimonies for the Church 7:227, 228. BS 296 2 Nossas idéias de beneficência cristã precisam ser postas em prática se quisermos que se ampliem. O trabalho prático conseguirá muito mais que sermões. -- Idem, 6:302. BS 296 3 Influência da vida de serviço cristão -- A vida do cristão testificará que ele é governado por outras leis que as obedecidas pelo mundo -- leis de mais elevada ordem que as que controlam os amantes do mundo. A vontade de Deus, nosso Criador, deve ser feita evidente em nós, não apenas no nome que trazemos, mas em nossa vida de abnegação. Devemos dar provas de que somos influenciados e controlados por princípios altruístas. Todos os nossos propósitos e atividades devem permanecer em distinto contraste com o egocentrismo do mundo. BS 296 4 A união com Cristo capacita os homens a exercer uma influência que sobreleva a que é reconhecida neste mundo. Por copiarem o exemplo de Cristo eles têm, com Sua graça, poder para beneficiar a igreja e a comunidade. Sua influência é sentida na medida exata da proporção da linha demarcatória que os separa do mundo em espírito e princípio. BS 296 5 Como união é força, a Fonte de todo poder, de toda bondade, de toda misericórdia e amor, toma seres humanos, finitos, em associação consigo para o propósito de repartir Seu divino poder com instrumentos humanos, a fim de difundir Sua influência e estendê-la longe e perto. Quando a pessoa está aliada a Cristo, portador da natureza divina, seus interesses são identificados com os interesses de toda a humanidade sofredora. Ao olharmos devidamente para a cruz do Calvário, cada nervo do coração e do cérebro vibra em simpatia pelo sofrimento humano em toda parte. Os que são criados de novo em Cristo Jesus compreenderão a malignidade do pecado e a divina compaixão de Cristo em Seu infinito sacrifício pelo homem caído. Comunhão com Cristo dá-lhes ternura de coração; haverá simpatia em seu olhar, no tono de sua voz, e fervente solicitude, amor e energia em seus esforços, o que os fará poderosos em Deus para salvar almas para Cristo. -- The Medical Missionary, Junho de 1891. BS 297 1 Abençoada influência de atos beneficentes -- Se o mundo tivesse perante si o exemplo que Deus reclama dos que nEle crêem, faria as obras de Cristo. Se Jesus fosse apresentado entre nós, crucificado, se tivéssemos uma visão da cruz do Calvário à luz da Palavra de Deus, seríamos um com Cristo como Ele era Um com o Pai. Nossa fé seria totalmente diferente da que agora revelamos. Seria uma fé que opera por caridade para com Deus e os homens, e purifica a alma. Se esta fé fosse mostrada pelo povo de Deus, muitos mais creriam em Cristo. Uma santificada influência seria exercida pelas ações de benevolência dos servos de Deus, e eles brilhariam como luzes no mundo. -- Special Testimonies, Série A, 10:2. BS 297 2 Maior poder que a espada ou a lei -- O amor de Deus no coração, manifesto em labor missionário verdadeiro, altruísta, será mais poderoso que a espada ou as cortes de justiça no trato com os malfeitores. O missionário vivo, com o coração superabundante do amor de Deus, pode derribar as barreiras. O médico-missionário, assumindo sua obra que lhe é indicada, não apenas pode aliviar as doenças do corpo, mas pode também pelo amor e graça de Cristo curar as enfermidades da alma, a lepra do pecado. O coração dos homens muitas vezes se endurecerá com a repreensão, mas não podem resistir ao amor expresso para com eles em Cristo. -- Manuscrito 60, 1897. BS 298 1 O ministério vivo afastará o preconceito -- A glória do Céu consiste em erguer os caídos e confortar os infortunados. E onde quer que Cristo habite no coração humano será revelado da mesma maneira. Onde quer que atue, a religião de Cristo abençoará. Onde quer que se manifeste, haverá claridade. BS 298 2 Qualquer que seja a diferença de crença religiosa, um clamor da humanidade sofredora precisa ser ouvido e atendido. Onde existirem amargos sentimentos por diferenças de religião, pode ser feito muito bem pelo serviço pessoal. O serviço amável quebrará os preconceitos e conquistará almas para Deus. -- Parábolas de Jesus, 386. BS 298 3 Precisamos desarmar o preconceito -- Devem os seguidores de Cristo fazer toda a diligência por se colocar em uma luz conveniente perante o povo, a fim de desarmar o preconceito. -- O Conflito dos Séculos, 668. BS 298 4 Como meio de derrotar o preconceito e ganhar acesso às mentes deve-se fazer obra médico-missionária. ... Devemos trabalhar como médicos missionários evangélicos para curar as almas enfermas do pecado, dando-lhes a mensagem da salvação. Esta obra derribará os preconceitos como nada o faria. -- Testimonies for the Church 9:211. BS 298 5 O testemunho da vida virtuosa e altruísta -- As boas obras do povo de Deus têm influência mais poderosa que palavras. Por sua vida virtuosa e atos de altruísmo, aqueles que isto vêem serão levados a desejar a mesma justiça que produz tão bons frutos. -- The Review and Herald, 5 de Maio de 1885. BS 299 1 Obras valem mais que crenças -- A verdade divina exerce pouca influência sobre o mundo, embora devesse exercer muita influência por nossa atitude. Abunda a simples profissão de religião, mas tem pouco peso. Podemos professar ser seguidores de Cristo, podemos professar crer todas as verdades da Palavra de Deus; mas isto não fará bem ao nosso próximo, a não ser que nossa crença esteja entrelaçada com nossa vida diária. Nossa profissão pode ser tão alta quanto o Céu, mas não nos salvará a nós mesmos nem aos nossos semelhantes a menos que sejamos cristãos. Um exemplo correto fará mais benefício ao mundo que qualquer profissão de fé. -- Parábolas de Jesus, 383. BS 299 2 Influências que emanam de um lar amorável -- Os que cultivam o amor na vida do lar formarão caráter segundo o modelo de Cristo, e serão constrangidos a exercer uma influência benéfica além do círculo familiar, a fim de abençoarem a outros mediante bondosa e diligente ministração por palavras amáveis, simpatia cristã, atos de beneficência. Serão aptos para discernir os que têm o coração faminto, e oferecerão banquete aos que estão aflitos e em necessidade. Os que têm discernimento celestial, que manifestam terna preocupação por cada membro da família, capacitar-se-ão, ao cumprirem todo o seu dever, para fazerem um trabalho que iluminará outros lares e ensinarão a outros por preceito e exemplo o que é que torna o lar feliz. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1895. BS 299 3 Exemplos de influência -- Pela sua sabedoria e justiça, pela pureza e benevolência de sua vida diária, pela sua dedicação aos interesses do povo -- e este era idólatra -- José e Daniel mostraram-se fiéis aos princípios de sua primeira educação, fiéis para com Aquele de quem eram os representantes. A tais homens, tanto no Egito como em Babilônia, a nação toda honrou; e neles, um povo pagão, assim como todas as nações com que entretiveram relações, contemplaram uma ilustração da bondade e beneficência de Deus, uma imagem do amor de Cristo. BS 300 1 Que considerável obra foi a que executaram estes nobres hebreus durante sua vida! Quão pouco sonhariam eles com seu alto destino, ao se despedirem do lar de sua meninice! Fiéis e firmes entregaram-se à direção divina, de maneira que por intermédio deles Deus pôde cumprir o Seu propósito. BS 300 2 As mesmas grandiosas verdades que foram reveladas por estes homens, Deus deseja revelar por meio dos jovens e crianças de hoje. A história de José e Daniel é uma ilustração daquilo que Ele fará pelos que se entregam a Ele, e que de todo o coração procuram cumprir o Seu propósito. BS 300 3 A maior necessidade do mundo é a de homens -- homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus. -- Educação, 56, 57. ------------------------Capítulo 41 -- Bênçãos reflexas BS 301 1 A lei da ação e reação -- No plano da salvação, a sabedoria divina designou a lei da ação e reação, tornando a obra de beneficência, em todos os seus ramos, duplamente bendita. O que dá aos necessitados, beneficia a outros, e é ele próprio beneficiado em grau ainda maior. Deus poderia haver conseguido Seu objetivo na salvação dos pecadores, sem o auxílio do homem; sabia, porém, que o homem não podia ser feliz sem desempenhar uma parte na grande obra em que cultivaria a abnegação e a beneficência. Para que o homem não perdesse os benditos resultados da beneficência, nosso Redentor elaborou o plano de alistá-lo como Seu cooperador. -- Testemunhos Selectos 1:360, 361. BS 301 2 É à medida que nos entregamos a Deus para o serviço da humanidade, que Ele Se nos dá. Ninguém pode dar em seu coração e vida lugar para a corrente da bênção de Deus fluir em direção a outros, sem que receba em si mesmo uma preciosa recompensa. -- O Maior Discurso de Cristo, 122. BS 301 3 Ajudar outros desenvolverá o caráter -- É na prática das obras de Cristo, ministrando como Ele ministrou aos aflitos e sofredores, que formamos caráter cristão. É para nosso bem que Deus nos chamou para a prática da abnegação por amor de Cristo, para levarmos a cruz, para trabalharmos e nos sacrificarmos a fim de buscar e salvar o que se havia perdido. Este é o processo de refinação do Senhor, pelo qual ele purga o material de má qualidade a fim de que os preciosos traços de caráter que estavam em Cristo Jesus possam aparecer no crente. ... Pela graça de Cristo nossos esforços para abençoar a outros não são apenas os meios de nosso crescimento na graça, mas darão realce a nossa futura felicidade eterna. Aos que têm sido coobreiros de Cristo, se dirá: "Bem está, servo bom e fiel; já que no pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei." -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. BS 302 1 O espírito de trabalho altruísta em favor de outros dá profundeza, estabilidade e amabilidade cristã ao caráter e traz paz e felicidade ao seu possuidor. -- Testimonies for the Church 5:607. BS 302 2 A fonte da verdadeira felicidade -- Ao trabalhar por outros, experimenta-se uma doce satisfação, uma paz íntima que será suficiente recompensa. Quando movidos por alto e nobre desejo de fazer bem a outros, encontrarão a verdadeira felicidade no fiel desempenho dos múltiplos deveres da vida. -- Idem, 132. BS 302 3 A verdadeira felicidade encontra-se somente em ser bom e fazer o bem. -- The Youth's Instructor, 5 de Dezembro de 1901. BS 302 4 Nossa felicidade será proporcional a nosso trabalho altruísta movido pelo divino amor, pois no plano da salvação Deus indicou a lei da ação e reação. -- The Signs of the Times, 25 de Novembro de 1886. BS 302 5 O trabalho beneficente promove a saúde -- Os que dão demonstração prática de beneficência por seus atos de simpatia e compaixão para com os pobres, os sofredores e desafortunados, não só aliviam os sofredores mas contribuem grandemente para a sua própria felicidade, e estão no caminho que assegura saúde da alma e do corpo. Isaías descreveu ... claramente a obra que Deus aceitará e pela qual abençoará o Seu povo. -- Testimonies for the Church 4:60. BS 302 6 Chamo a vossa atenção para os infalíveis resultados de se dar ouvidos à admoestação do Senhor para que se cuide dos aflitos: "Então romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença." Não é isto que todos desejamos? Oh! há saúde e paz em fazer a vontade de nosso Pai celestial! "A tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. Então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-Me aqui; acontecerá isso se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o falar vaidade; e, se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam." -- The Medical Missionary, Junho de 1891. BS 303 1 Como a beneficência promove a saúde -- O prazer de fazer o bem aos outros confere aos sentimentos calor que atravessa os nervos, aviva a circulação do sangue e promove a saúde mental e física. -- Testimonies for the Church 4:56. BS 303 2 A afinidade existente entre a mente e o corpo é muito grande. Quando um é afetado, o outro sente. A condição da mente tem muito que ver com a saúde do sistema físico. Se a mente está liberta e feliz, com a consciência de haver feito o bem e o senso de satisfação por ter propiciado felicidade a outros, isto produzirá alegria que reagirá sobre todo o organismo, produzindo melhor circulação do sangue e estimulando todo o corpo. A bênção de Deus tem poder de cura, e os que são pródigos em beneficiar a outros experimentarão essa maravilhosa bênção no coração e vida. -- Idem, 4:60. BS 303 3 Um remédio para a enfermidade -- Alguns alegam falta de saúde -- eles teriam prazer em fazer o bem, se tivessem forças. Esses por tanto tempo se concentraram em si mesmos, e em tão alta conta tiveram os seus sentimentos doentios, e tanto falaram de seus sofrimentos, provas e aflições, que isso se tornou como que sua verdade presente. Não são capazes de pensar em ninguém além de si mesmos, por muito que os outros tenham necessidade de simpatia e auxílio. Vós que tendes pouca saúde -- existe para vós um remédio. Se cobrirdes os nus, recolherdes em casa os desterrados, e repartirdes o pão com os famintos, "então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará". Fazer o bem é excelente remédio para a doença. Os que se empenham na obra são convidados a invocarem o Senhor, que prometeu responder-lhes. Sua vida será satisfeita na seca, e serão como jardim regado, cujas águas não faltarão. -- Testimonies for the Church 2:29. BS 304 1 Esta é a receita que Cristo prescreve para a pessoa tremente, duvidosa, debilitada. Levantem-se pois os acabrunhados, os que andam lastimosos perante o Senhor, e ajudem alguém que necessite de ajuda. -- Idem, 6:266. BS 304 2 Benefícios da simpatia -- Quando a simpatia humana está misturada com o amor e a benevolência e é santificada pelo Espírito de Jesus, torna-se um elemento capaz de produzir grande bem. Os que cultivam a beneficência não estão apenas fazendo uma boa obra em favor de outros e beneficiando o recebedor da boa ação, mas estão beneficiando a si mesmos ao abrirem o coração à benéfica influência da verdadeira beneficência. Cada raio de luz lançado sobre outros será refletido sobre nosso próprio coração. Cada palavra de bondade e simpatia proferida aos tristes, cada ação que vise aliviar os oprimidos, e cada doação para suprir as necessidades de nossos semelhantes, dados ou feitos para glorificar a Deus, resultará em bênçãos para o doador. Os que assim trabalham estão obedecendo a uma lei do Céu e receberão a aprovação de Deus. ... BS 305 1 Jesus conhecia a influência da beneficência sobre o coração e a vida do benfeitor, e procurou imprimir na mente dos Seus discípulos os benefícios a serem derivados do exercício desta virtude. Ele disse: "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber." Ele ilustra o espírito de alegre beneficência que deve ser exercido no interesse dos amigos, vizinhos e estrangeiros, mediante a parábola do homem que ia de Jerusalém para Jericó. -- Idem, 4:56, 57. BS 305 2 Salvando o próximo ele se salvou a si mesmo -- A igreja que trabalha, é igreja que progride. Os membros encontram estímulo e tônico em ajudar a outros. Li a história de um homem que, viajando num dia de inverno através de grandes montes de neve, ficou entorpecido pelo frio, o qual ia quase imperceptivelmente congelando-lhe as forças vitais. Estava enregelado, quase a morrer, e prestes a abandonar a luta pela vida, quando ouviu os gemidos de um companheiro de viagem, também a perecer de frio. Despertou-lhe a compaixão e decidiu salvá-lo. Friccionando os membros enregelados do infeliz homem, conseguiu, depois de consideráveis esforços, pô-lo de pé. Como o coitado não se pudesse suster, conduziu-o compassivamente nos braços através dos mesmos montões que supusera nunca poder transpor sozinho. BS 305 3 Havendo conduzido o companheiro de viagem a lugar seguro, penetrou-lhe de súbito no espírito a verdade de que, salvando seu semelhante, salvara-se a si mesmo. Seus fervorosos esforços para ajudar a outro, estimularam-lhe o sangue prestes a congelar nas veias, comunicando saudável calor aos membros. BS 306 4 Essa lição de que, em auxiliar os outros nós mesmos somos ajudados, deve ser acentuada continuamente por preceito e exemplo perante nossos crentes jovens, a fim de que possam conseguir os melhores resultados em sua experiência cristã. Que as pessoas desanimadas, dispostas a pensar que o caminho da vida eterna é difícil e probante, se dediquem a ajudar os outros. Esses esforços, aliados à oração em busca de luz divina, hão de fazer com que o próprio coração palpite à vivificante influência da graça de Deus, e suas afeições se inflamem de mais divino fervor. Toda a sua vida cristã se tornará mais real, mais zelosa, mais rica de oração. -- Obreiros Evangélicos, 198, 199. BS 306 1 A igreja é abençoada -- Que os membros da igreja cumpram fielmente durante a semana a sua parte, e narrem ao sábado suas experiências. A reunião será então como alimento a seu tempo, trazendo a todos os presentes nova vida e vigor. Quando o povo de Deus vir a grande necessidade de trabalhar como Cristo fazia pela conversão de pecadores, os testemunhos dados por eles nos cultos de sábado serão cheios de poder. Com alegria testificarão quanto ao valor da experiência que têm adquirido em trabalhar por outros. -- Obreiros Evangélicos, 199. BS 306 2 Nossas próprias graças exercidas -- Se não tivesse havido nada no mundo para cruzar nossos propósitos, a paciência, a tolerância, a mansidão e a longanimidade não teriam sido chamadas à ação. Quanto mais são essas graças exercidas, mais aumentam e se fortalecem. Quanto mais distribuímos nosso pão temporal com os famintos, quanto mais vezes vestimos os nus, visitamos os enfermos, aliviamos os órfãos e as viúvas em sua aflição, mais decididamente sentimos a realidade das bênçãos de Deus. -- Manuscrito 64, 1894. BS 306 3 Por que são as bênçãos retidas -- A bênção de Deus não pode vir sobre os que se mostram ociosos em Sua vinha. Professos cristãos que nada fazem neutralizam os esforços dos verdadeiros obreiros por sua influência e exemplo. Fazem que as grandes e importantes verdades que professam crer pareçam inconsistentes, e tornam-nas de nenhum efeito. Eles representam falsamente o caráter de Cristo. Como pode Deus derramar os chuveiros de Sua graça sobre as igrejas que são em grande parte compostas desta espécie de membros? Não são de maneira nenhuma úteis na obra de Deus. Como pode o Mestre dizer a tais pessoas: "Bem está, servo bom e fiel... entra para o gozo do teu Senhor", quando eles não têm sido nem bons e nem fiéis? Deus não pode dizer uma falsidade. O poder da graça de Deus não pode ser dado em grande medida às igrejas. Desonraria o Seu próprio glorioso caráter permitir que torrentes de graça viessem sobre o povo que não toma o jugo de Cristo, que não leva o Seu fardo, que se não negam a si mesmos, que não exaltam a cruz de Cristo. Por causa de sua indolência são um embaraço aos que sairiam para o trabalho se eles não barrassem o caminho. -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1896. BS 307 1 Tornando-se conduto de boas obras -- Se Deus e os anjos e Cristo Se rejubilam quando um único pecador se arrepende e se torna obediente a Cristo, não deve o homem imbuir-se do mesmo espírito e trabalhar para o tempo e a eternidade com perseverante esforço a fim de salvar não apenas a sua própria alma, mas as almas de outros? Se trabalhais nesta direção com interesse e inteireza de coração como seguidores de Cristo, desempenhando cada dever, aproveitando cada oportunidade, vossa própria alma será gradualmente moldada segundo o cristão perfeito. O coração não será seco e insensível. A vida espiritual não será amesquinhada. O coração brilhará com a impressão da imagem divina, pois estará em íntima simpatia com Deus. Toda a vida transbordará com alegre prontidão pelos canais do amor e simpatia pela humanidade. O eu será esquecido, e os caminhos desta classe serão estabelecidos em Deus. Em refrigerando a outros sua própria alma será refrigerada. As torrentes que fluírem através de suas almas são oriundas de uma fonte viva e fluem para outros em boas obras, em esforços ferventes e altruístas por sua salvação. Para que seja uma árvore frutífera, a alma precisa derivar seu sustento e suporte da Fonte da Vida e tem de estar em harmonia com o Criador. -- Idem, 2 de Janeiro de 1879. BS 308 1 A razão da esterilidade -- Nenhuma de nossas igrejas precisa ser infrutífera e estéril. Mas alguns de nossos irmãos e irmãs estão em perigo de definhar até a morte espiritual muito embora estejam constantemente ouvindo a verdade apresentada por nossos pastores, pois negligenciam repartir o que recebem. Deus requer de cada um de Seus mordomos que use o talento que lhe é confiado. Ele nos concede ricos dons para que os distribuamos fartamente a outros. Ele nos conserva o coração inundado com a luz de Sua presença, a fim de que revelemos a Cristo a nossos semelhantes. Como podem os que cruzam os braços em ociosidade, que se contentam em nada fazer, esperar que Deus continue a suprir suas necessidades? Os membros de nossas igrejas devem trabalhar como quem espera prestar contas. -- Idem, 11 de Novembro de 1902. BS 308 2 Nosso destino está envolvido -- É o trabalho que fazemos ou deixamos de fazer que se faz sentir com tremendo poder sobre nossa vida e destino. Deus requer de nós que aproveitemos cada oportunidade que nos é oferecida a fim de fazer bem. Negligenciar fazer isto é perigoso para o nosso crescimento espiritual. -- Testimonies for the Church 3:540. BS 309 1 Aquele que vive para agradar a si mesmo não é cristão -- "Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante?" Quanto desta preocupação em esconder-se não tem sido praticada! Quantos não têm fechado os olhos e a porta do coração, para que uma branda influência não os conduza a obras de bondade e caridade! O trabalho de Cristo nunca cessa. Seu terno amor e bondade são inexauríveis; Sua misericórdia é sobre todos os filhos dos homens. O Senhor Jesus faz sentir que sereis abençoados ao distribuir com os Seus necessitados sofredores. Ele tornou os homens Seus sócios. "Sois colaboradores de Deus." Não tem Cristo, tanto por preceito como por exemplo, ensinado claramente o que nos compete fazer? Devemos trabalhar imbuídos de Seu Espírito, ao olharmos a cruz, prontos a deixar tudo por Seu amor, se Ele assim nos ordenar. Aquele que vive para agradar-se a si mesmo, não é cristão. Não foi criado de novo em Cristo Jesus. BS 309 2 O cristão compreende que nenhum outro ser no Universo tem sobre ele os direitos que tem Jesus. Ele é uma propriedade adquirida, comprada pelo elevado preço do sangue do Cordeiro. Deve, pois, devotar-se sem reservas a Cristo; seus pensamentos, palavras e todas as suas obras devem estar sujeitos à vontade de Cristo. -- The Medical Missionary, Junho de 1891. BS 309 3 Contentamento aqui e recompensa eterna no futuro -- Para sermos felizes, precisamos procurar alcançar um caráter como o que Cristo manifestou. Uma marcante peculiaridade de Cristo foi Sua abnegação e benevolência. Ele veio não para buscar o que Lhe era próprio. Andou fazendo o bem, e isto era Sua comida e bebida. Nós podemos, seguindo o exemplo do Salvador, estar em santa comunhão com Ele; e ao buscar diariamente imitar o Seu caráter e seguir o Seu exemplo seremos uma bênção para o mundo e garantiremos nosso contentamento aqui e uma eterna recompensa no futuro. -- Testimonies for the Church 4:227. ------------------------Capítulo 42 -- A recompensa presente e eterna BS 311 1 O serviço traz recompensa -- Embora a grande e final recompensa seja dada por ocasião da volta de Cristo, o serviço lealmente prestado para Deus traz recompensa mesmo nesta vida. -- Testimonies for the Church 6:305, 306. BS 311 2 Levados a mais íntima relação com Jesus -- Quando socorreis o pobre, simpatizais com o aflito e oprimido e amparais o órfão, entrais em relação mais íntima com Jesus. -- Manual Adventista de Assistência Social, 9. BS 311 3 Prometida uma experiência mais rica -- A prática dos princípios que Cristo ensinou por preceito e exemplo fará a experiência de cada um que O segue como a experiência de Cristo. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. BS 311 4 Ao abrirdes a porta aos necessitados e sofredores de Cristo, estais acolhendo anjos invisíveis. Convidais a companhia de seres celestiais. Eles trazem uma sagrada atmosfera de alegria e paz. Vêm com louvores nos lábios, e uma nota correspondente se ouve no Céu. Todo ato de misericórdia promove música ali. -- O Desejado de Todas as Nações, 639. BS 311 5 Total satisfação -- Há uma fervente obra a ser feita por todas as mãos. Deixai que cada pulsação fale em favor do erguimento da humanidade. Há muitos que necessitam de ajuda. O coração daquele que vive não para satisfazer-se a si mesmo mas para ser uma bênção aos que poucas bênçãos possuem, fremirá de satisfação. Que cada pessoa ociosa desperte e enfrente as realidades da vida. Tomai a Palavra de Deus e examinai as suas páginas. Se sois obradores dessa Palavra, vossa vida será sem dúvida uma vívida realidade para vós mesmos, e verificareis que a recompensa é abundante. -- Manuscrito 46, 1898. BS 312 1 Complexos problemas serão solvidos -- Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e ditosos em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo -- o jugo da obediência e do serviço -- todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão. -- O Maior Discurso de Cristo, 150. BS 312 2 Recompensados na moeda do reino -- A regra áurea, implicitamente, ensina a mesma verdade doutrinada no Sermão da Montanha, de que "com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo". Aquilo que fazemos aos outros, seja bem ou seja mal, terá, certamente, sua reação sobre nós, quer em bênção quer em maldição. Tudo quanto dermos, havemos de tornar a receber. As bênçãos terrestres que comunicamos a outros podem ser, e são-no com freqüência, retribuídas em bondade. O que damos, é-nos muitas vezes recompensado, em tempos de necessidade, quadruplicado, na moeda do reino. Além disto, porém, todas as dádivas são retribuídas, mesmo aqui, em uma mais plena absorção de Seu amor, o que é o resumo de toda glória celeste e seu tesouro. -- Idem, 194. BS 312 3 Deus recompensará -- No Céu um livro é escrito em relação aos que se interessam nas necessidades de seus semelhantes, um livro cujo registro será revelado naquele dia em que o homem será julgado segundo as obras nele escritas. Deus dará a paga a cada ato de injustiça feita aos pobres. Os que demonstram indiferença ou desconsideração pelos desafortunados não devem esperar receber as bênçãos dAquele que declarou: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." -- Carta 140, 1908. BS 313 1 Toda boa obra registrada -- Deus não Se esquece das boas obras, dos abnegados atos da igreja no passado. Tudo está registrado no alto. -- Testimonies for the Church 5:611. BS 313 2 Cada fiel, abnegado cumprimento do dever, é notado pelos anjos e brilha no registro da vida. -- Idem, 2:132. BS 313 3 Anjos são comissionados para ser nossos ajudadores. Eles estão cruzando entre o Céu e a Terra, levando para o alto o registro dos feitos dos filhos dos homens. -- The Southern Watchman, 2 de Abril de 1903. BS 313 4 Imperecíveis registros do céu -- Cada ato de amor, cada palavra de bondade, cada oração feita em benefício do sofredor e oprimido, é anotado perante o eterno trono e posto no imperecível registro celeste. -- Testimonies for the Church 5:133. BS 313 5 Faria bem... lembrar o registro que é mantido no alto -- o livro no qual não há omissões, nem erro, e pelo qual serão julgados. Ali cada oportunidade negligenciada para o serviço de Deus é registrada; e ali, igualmente, cada ato de fé e amor é mantido em eterna lembrança. -- Profetas e Reis, 639. BS 313 6 Recompensa pela obra de beneficência -- Os que hão de receber a mais abundante recompensa serão os que têm misturado com sua atividade e zelo, terna e graciosa piedade para com os pobres, os órfãos, os oprimidos, os aflitos. ... Há em torno de nós aqueles que têm um espírito manso e humilde, o Espírito de Cristo, que fazem muitas pequenas coisas para ajudar aos que os rodeiam, e sem nenhuma preocupação com isto; esses no final ficarão espantados de que Cristo tenha anotado a bondosa palavra dita ao descoroçoado, e tenha levado em conta a insignificante dádiva feita para aliviar os pobres, que custou ao doador alguma abnegação. -- The Review and Herald, 3 de Julho de 1894. BS 314 1 Deus toma nota das palavras de bondade -- Cada ato de justiça, misericórdia e benevolência produz melodia no Céu. O Pai contempla do Seu trono os que praticam esses atos de misericórdia, conta-os como o Seu mais precioso tesouro. "E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro." Cada ato de misericórdia feito aos necessitados, aos sofredores, é referido como feito a Jesus. -- Testimonies for the Church 2:25. BS 314 2 Recompensados por pequenas coisas muitas vezes não notadas -- No dia do julgamento os que foram fiéis em sua vida diária, que foram diligentes no discernir sua obra e fazê-la, não pensando em louvor ou proveito, ouvirão as palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Cristo não os louva por suas eloqüentes orações, pelo poder intelectual que mostraram ou os liberais donativos que fizeram. É por haverem feito pequenas coisas muitas vezes não notadas que são recompensados. -- The Youth's Instructor, 17 de Janeiro de 1901. BS 314 3 Quando, perante Deus, o caso de todos for passado em revista, não será feita a pergunta: Que professavam eles? mas: Que fizeram? Foram obradores da Palavra? Viveram para si próprios, ou praticaram obra de beneficência, mediante atos de bondade e amor, preferindo os demais a si próprios, e negando-se a si mesmos a fim de poderem abençoar outros? Se o relatório mostra haver sido essa a sua vida, e que seu caráter foi assinalado pela ternura, abnegação e beneficência, receberão a bendita certeza, e a bênção de Cristo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." -- Testemunhos Selectos 3:404. BS 315 1 Correta motivação essencial -- É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista, e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. -- O Desejado de Todas as Nações, 615. BS 315 2 Seremos julgados por nossos motivos -- Essa revisão diária de nossos atos, a ver onde a consciência aprova ou condena, é necessária a todos quantos desejam atingir a perfeição no caráter cristão. Muitos atos que passam por boas obras, mesmo atos de generosidade, quando intimamente examinados, verificar-se-á haverem sido suscitados por motivos errôneos. BS 315 3 Muitos recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Perscrutador dos corações pesa os motivos, e muitas vezes ações altamente louvadas por homens são por Ele registradas como partindo de egoísmo e baixa hipocrisia. Cada ato de nossa vida, seja excelente e digno de louvor ou merecedor de censura, é julgado pelo Perscrutador dos corações segundo os motivos que o determinaram. -- Obreiros Evangélicos, 275. BS 315 4 Os dois remos -- Se formos fiéis no cumprimento da parte que nos toca, cooperando com Ele, Deus operará por nosso intermédio [para executar] o Seu beneplácito. Mas Ele não poderá operar por nosso intermédio, se não fizermos nenhum esforço. Se temos de alcançar a vida eterna, precisamos trabalhar, e trabalhar fervorosamente. ... Não nos permitamos ser enganados pela asserção constantemente repetida: "Tudo o que tendes que fazer é crer." Fé e obras são dois remos que precisam ser usados com igualdade, se esperamos progredir contra a corrente de incredulidade. "A fé sem as obras é morta em si mesma." O cristão é um homem de pensamento e de ação. Sua fé fixa suas raízes firmemente em Cristo. Pela fé e boas obras ele mantém sua espiritualidade forte e saudável, e sua força espiritual cresce ao procurar ele praticar as obras de Deus. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1901. BS 316 1 Nossas coroas podem ser brilhantes ou apagadas -- Embora não tenhamos mérito em nós mesmos, na grande bondade e amor de Deus somos recompensados como se os méritos fossem nossos. Quando temos feito todo o bem que era possível fazer, somos ainda servos inúteis, pois fizemos apenas o que era nosso dever. O que temos realizado tem sido unicamente pela graça de Cristo, e nenhuma recompensa nós é devida da parte de Deus na base de nossos méritos. Mas pelo mérito de nosso Salvador, cada promessa que Deus faz será cumprida, e cada homem será recompensado segundo as obras. BS 316 2 A preciosa recompensa do futuro será proporcional à obra de fé e trabalho de amor na presente vida. "O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará." Devemos ser sobremodo gratos que agora, neste tempo de graça, mediante a infinita misericórdia de Deus, seja-nos permitido semear a semente para nossa colheita futura. Devemos considerar cuidadosamente sobre qual será a colheita. Se a coroa de nosso eterno gozo irá ser brilhante ou apagada depende de nosso próprio caminho. Podemos tornar certo nosso chamado e eleição, entrando assim na posse da rica herança, ou podemos defraudar a nós mesmo daquele mais excelente e eterno peso de glória. -- Idem, 27 de Junho de 1893. BS 317 1 O encontro com os que foram salvos por nossos esforços -- Quando os redimidos estiverem perante Deus, almas preciosas responderão ao serem chamados os seus nomes, e ali estarão em virtude de fiéis e pacientes esforços feitos em seu favor, ferventes convites e persuasões a que se refugiassem na fortaleza. Assim os que neste mundo têm sido cooperadores de Deus, receberão sua recompensa. -- Testimonies for the Church 8:196, 197. BS 317 2 Os redimidos encontrarão e reconhecerão os que os dirigiram ao exaltado Salvador. Que bendita palestra terão com essas almas! "Eu era um pecador", dirão, "sem Deus e sem esperança no mundo, e viestes a mim, e chamastes minha atenção para o precioso Salvador como minha única esperança."... Outros expressarão sua gratidão aos que alimentaram os famintos e vestiram os nus. "Quando o desespero circundava minha alma em incredulidade, o Senhor vos enviou a mim", dirão, "para dizer palavras de esperança e conforto. Deste-me alimentos para minhas necessidades físicas, e abristes-me a Palavra de Deus, despertando-me para as minhas necessidades espirituais. Tratastes-me como um irmão. Simpatizastes comigo em minhas tristezas e restaurastes minha amargurada e ferida alma, de maneira que pude segurar a mão de Cristo que estava estendida para salvar-me. Em minha ignorância ensinastes-me pacientemente que eu tinha um Pai no Céu que cuidava de mim." -- Idem, 6:311. BS 318 1 "Vinde, benditos de meu pai" -- Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. Naquele dia Cristo não apresentará aos homens a grande obra que Ele fez em seu benefício, ao dar a própria vida pela redenção deles. Apresenta a fiel obra que fizeram por Ele. BS 318 2 Aos que põe à Sua direita, dirá: "Vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me." Mas aqueles a quem Cristo louva, não sabem que O tinham servido a Ele. À sua perplexa interrogação, responde: "Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." ... BS 318 3 Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do Divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da Natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus. BS 319 1 Quão surpreendidos e jubilosos ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, de ouvir dos lábios do Salvador: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes"! Quão alegre ficará o coração do Infinito Amor quando Seus seguidores erguerem para Ele o olhar, em surpresa e gozo ante Suas palavras de aprovação. -- O Desejado de Todas as Nações, 637, 638. ------------------------Apêndice -- Experiências pessoais de Ellen G. White sobre obra de beneficência BS 321 1 Embora em toda a sua vida a Sr. White se preocupasse com as necessidades dos que a cercavam, ocasiões houve em que essas necessidades se tornaram prementes de maneira especial. Não se faz nenhuma tentativa nas páginas seguintes para um apanhado exaustivo do assunto, mas apenas temos em vista apresentar algumas experiências típicas do que eventualmente haja ela anotado em seu diário ou cartas. Esses excertos apresentam o vasto campo de seu ministério de beneficência, dando ênfase especialmente a dois períodos da experiência de sua vida: nos primeiros anos e nos últimos anos de sua vida. BS 321 2 O leitor notará que as anotações do diário de Ellen G. White são feitas em estilo sóbrio, algumas vezes em frases breves e em muitos casos usando o presente. Certamente será reconhecido também que as anotações das atividades do dia-a-dia da Sra. White não constituem instrução para a igreja e portanto não devem ser tomadas como autoridade testemunhal. ... No entanto o exemplo de Ellen G. White concede ênfase ao preceito. BS 321 3 A preocupação da Sra. White, pelos necessitados, as enormes necessidades e a escassez de recursos com que lutou, deve encorajar cada adventista do sétimo dia a dedicar maior e mais entusiástico esforço à Beneficência Social. -- Os Compiladores BS 321 4 E. G. White instruída a dar o exemplo -- Após o meu casamento fui instruída a mostrar especial interesse em crianças sem pai e sem mãe, tomando algumas sob meus cuidados por algum tempo, buscando então encontrar lares para elas. Assim devia eu dar a outros um exemplo do que eles deviam fazer. BS 321 5 Embora muitas vezes chamada a viajar, e tendo muito que escrever, tenho tomado sob meus cuidados crianças de três a cinco anos, educando-as e preparando-as para posições de responsabilidade. Tenho trazido para o meu lar de quando em quando meninos de dez a dezesseis anos, dedicando-lhes maternal cuidado e preparando-os para o serviço.* Tenho sentido que é meu dever levar perante nosso povo essa obra para que cada igreja sinta a sua responsabilidade. BS 322 1 Enquanto estive na Austrália adotei essa mesma orientação, levando para o meu lar crianças órfãs, que estavam em perigo de serem expostas a tentações que poderiam ser a ruína de sua vida. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1906. Ellen G. White como Dorcas operosa (Trechos do Diário de Ellen G. White, de 1859) BS 322 2 Domingo, 2 de janeiro -- A irmã Augusta Bognes foi enviada para ajudar-me no preparo para outra jornada. Fez um casaco para Edson, que nos acompanhará. Procuramos confortar Augusta. Ela está abatida e desencorajada, saúde precária e sem ninguém de quem se valer. Depôs o escudo e a armadura da fé. Oxalá o Senhor fortaleça as mãos fracas e confirme os joelhos trementes. Dei à irmã Irving um casaco e um vestido quentes, roupas e alguma coisa com que se agasalhar. BS 322 3 Segunda-feira, 3 de janeiro -- Fui ao escritório. Visitei os irmãos Loughborough e a família de minha irmã. Escrevi sete páginas ao Dr. Naramores e em seguida almocei com minha irmã. Tive uma boa entrevista com papai e mamãe. Voltei ao escritório após o almoço e escrevi quatro páginas à família do irmão Orton. Escrevi também quatro páginas à família do irmão Howland e escrevi ainda à irmã Ashley e à família do irmão Collins. Paguei à viúva Cranson um dólar pela confecção de duas camisas. Paguei à irmã Bognes um dólar pelo casaco que fez. Ela não queria receber, mas achei que era meu dever dar-lho. Ela é pobre e doente. Que o Senhor bondosamente cuide dela. Disse Jesus: "Os pobres, sempre os tendes convosco." Que o Senhor nos liberte do egoísmo e nos ajude a cuidar dos alheios ais e a aliviá-los. BS 323 1 Quinta-feira, 6 de janeiro -- Fiz uma capa e uma túnica para Edson. Agora à noite sinto-me bem cansada. Dei à mãe de Agnes um vestido de meio uso. Eles são pobres. O esposo e pai está doente. Sua colheita não foi boa. Precisam comprar trigo para fazer pão e não têm com que pagar. Agnes é seu principal sustento. Tem apenas dezessete anos. São quatro filhos agora no lar. Irão sofrer a menos que a igreja se interesse pelo seu bem-estar. Que o Senhor tenha misericórdia dos necessitados e ponha no coração de Seus filhos lhes dispensarem ajuda liberal. BS 323 2 Quinta-feira, 3 de fevereiro -- Estive muito doente o dia todo com dor de cabeça. Henry Pierce de Monterey em nossa casa. Envio à irmã Leander Jones alguma coisa para os seus filhos e Jenny envia-lhe o seu melhor chapéu. Que o Senhor nos capacite a ver as necessidades dos pobres e nos dê um coração pronto e bem disposto para ajudá-los. BS 323 3 Segunda-feira, 28 de fevereiro -- Mary Loughborough veio aqui. Ficou conosco para o almoço. Seu nenê adoeceu à tarde. Fui à casa da irmã Ratel. Tivemos uma agradável palestra Sua filhinha trazia sobre si um vestidinho velho e surrado; e é o melhor que ela tem, exceto um que ela deixa para usar quando sai. Ela fala de seus filhos que morreram há dois anos. Não os deseja vivos outra vez. São demasiado pobres. A menina mais velha aprecia muito uma Bíblia que eu lhe dei. Lê trechos dela para os pais. A saúde da irmã Ratel é muito má. Cuspiu sangue hoje. Temo que ela não ocupe o seu lugar na família por muito tempo mais. Ela procura fazer o que é reto. Seu marido é um homem pobre, ímpio, exaltado, e ela tem muitas provações. Que o Senhor a sustente. Ela pede que oremos por ela para que possa fazer sempre o que é direito. BS 324 1 Terça-feira, 1° de março -- Fui ao escritório. Visitei a irmã Sara e a mãe. Sara deu-me um vestidinho e dois aventais para o bebê da irmã Ratel. Visitei a seguir a irmã Aurora Lockwood. Tive com ela uma agradável entrevista. Ela é uma irmã escolhida, amada de Deus e altamente respeitada por toda a igreja. BS 324 2 Fui à cidade e comprei algumas coisas. Comprei um vestidinho para a criança da irmã Ratel. Vim ao escritório, ajudei-os um pouco ali e voltei para casa para o almoço. Enviei os pequenos artigos à irmã Ratel. Mary Loughborough envia-lhe outro vestido, de maneira que ela está bem melhor agora. Oh! que todos conheçam a felicidade de dar aos pobres, de ajudar a tornar melhor a situação de outros, fazendo-os mais felizes! O Senhor abra o meu coração a fim de que eu faça tudo que estiver em meu poder para socorrer aos que estão ao meu redor. "Dá que eu sinta os ais de meu irmão." BS 324 3 Terça-feira, 8 de março -- Este é um dia em que as enfermidades procuram dominar. Sofro muita dor em meu ombro esquerdo e no pulmão. Meu espírito está deprimido. O irmão John Andrews deixa-nos hoje. Veio para fazer-nos uma visita à tardezinha. Tivemos uma agradável palestra. Reuni umas poucas coisas para ele levar para casa. Enviei a Angelina um vestido novo de algodão, nove shillings e um resistente par de sapatos. Papai pagou a confecção de um par de sapatos e de um par de botas para o irmão John Andrews. Enviei ao garoto uma bonita camisinha de flanela e lã para tricotar um par de meias. Mandei para a irmã ou mamãe Andrews uma bonita capa, bem estofada, para ela usar. Fiz uma sacola de fazenda felpuda para acondicioná-los. Escrevi três pequenas páginas à irmã Mary Chase. Mandei uma receita que recebi de John. BS 324 4 Quinta-feira, 10 de março -- Fui à cidade e já voltei. Fiquei muito cansada. Comprei para John F. um par de calças. À tarde a irmã Irving veio em nossa casa. ... BS 324 5 Por dez semanas a filha tem vivido conosco, e pagamos a ela nove shillings por semana. Tudo menos um dólar ela enviou à sua mãe. Seus vestidos são pobres, e contudo ela não usa nada para si própria. Ela se esquece de si mesma em sua abnegação e dedicação pelos pais. Foi uma cena de afeição que jamais testemunhei. A relutância da mãe em aceitar o salário, todo o salário da filha, dada a sua necessidade e boa vontade e liberalidade em entregar tudo aos seus pobres e aflitos pais. A mãe e a filha choraram e nós choramos. Ajudamo-los de alguma forma. Paguei metade do preço de um par de botas para o irmãozinho, isto é, um dólar. Paguei um e meio dólar por um par de sapatos para a mãe. Meu marido deu-lhe um dólar em dinheiro. Henry deu-lhe dez centavos, Edson dez e o pequeno Willie dez. Meu marido deu-lhe mais vinte e cinco para que ela comprasse um agradozinho para o doente. Demos considerável quantidade de roupas usadas para reformar. BS 325 1 Quinta-feira, 21 de abril -- Trabalhei na confecção de um tapete. Escrevi uma carta a Daniel Bourdeau. Esta manhã há um sentimento de simpatia entre alguns do rebanho em favor da família do irmão Benedito. Temos contribuído com alguma coisa para ajudá-los, cerca de sete dólares. Comprei-lhes diferentes artigos de alimentação e levei-lhos. O irmão e irmã Benedito visitaram-nos o dia todo. Tivemos uma palestra interessante e agradável. Minha mãe veio ver-me, e isto foi um grande conforto para mim. Ministério de beneficência através dos anos BS 325 2 E. G. White solicita auxílio -- Queridos irmãos: O tesouro do Fundo dos Pobres, consistente em roupas, etc., para os que têm necessidade, está quase esgotado. E como há casos de penúria constantemente surgindo, e um novo caso surgiu recentemente, pensei que estaria bem para os que têm roupas, arranjos de cama ou dinheiro poupados, enviá-los imediatamente. Esperamos que não haja delongas, pois estamos prontos a assistir alguns que estão em necessidade tão logo tenhamos tudo reunido. Enviai vossos donativos para o Sr. Urias Smith ou para mim mesma. -- The Review and Herald, 30 de Outubro de 1860. BS 325 3 Tiago e Ellen White combinam oração e trabalho -- Antes que houvesse qualquer sanatório entre nós, meu marido e eu começamos a trabalhar no setor da obra médico-missionária. Tomamos para nossa casa casos que tinham sido abandonados pelos médicos como perdidos. Quando não sabíamos o que fazer por eles, orávamos a Deus com o maior fervor, e Ele sempre nos enviava a Sua bênção. Ele é o poderoso Médico, e operou conosco. Jamais tivemos tempo ou oportunidade para fazer um curso médico, mas tivemos sucesso ao agirmos no temor de Deus e dEle buscar sabedoria em cada passo. Isto deu-nos ânimo no Senhor. BS 326 1 Assim combinávamos oração e trabalho. Usávamos simples tratamentos com água, e então procurávamos dirigir os olhos dos pacientes para o Grande Médico. Falávamos do que Ele podia fazer por eles. Se pudermos inspirar os pacientes com esperança, isto será grandemente benéfico para eles. Desejávamos que todos os que tenham qualquer parte a desempenhar em nossos sanatórios, tivessem firme apego ao poder do Infinito. Cremos nEle e no poder de Sua palavra. Quando fazemos o melhor que nos é possível para a recuperação de um doente, podemos então esperar que Ele seja conosco, que podemos ver a Sua salvação. Pomos confiança por demais pequena no poder da mão que rege o mundo. -- Manuscrito 49, 1908. BS 326 2 Ministério de casa em casa -- Antes que nosso sanatório fosse estabelecido, meu marido e eu íamos de casa em casa para fazer tratamentos. Sob a bênção de Deus salvamos a vida de muitos que estavam sofrendo. -- Carta 45, 1903. BS 326 3 Interesse mostrado pela viúva necessitada -- Com respeito a Nellie L., sabeis que ela é viúva com três filhos para cuidar, e está lutando para conseguir conhecimento que lhe permita empenhar-se na obra de jardins de infância, onde poderá conservar os filhos consigo. Não fiquemos a ver a pobre alma lutando por sua vida e sacrificando sua saúde para fazer isto. Tenho pensado nos donativos liberais que têm sido feitos a pessoas que se casaram em Oakland. Oxalá esses amigos pudessem usar os seus meios e expressar suas simpatias como bênção a viúvas e órfãos que estão necessitando de sua atenção e substancial simpatia. Não têm tais casos o direito de exigir de nós? BS 326 4 Eu ajudarei Nellie com uma centena de dólares se fizerdes o mesmo. Duzentos dólares seriam uma grande bênção para ela neste momento. Fareis isto pelo amor de Cristo? Encorajareis outros a ajudá-la a conseguir um começo na vida? Seria muito melhor fazer isto do que esperar e deixar Nellie ser consumida pela ansiedade e cuidados e cair na sua luta, deixando os filhos ao desamparo, sem mãe, para serem cuidados por outros. BS 327 1 Uma centena de dólares de vossa parte não será uma grande soma, mas será uma grande bênção para ela. Fareis isto? Façamos isto como uma dádiva liberal e não permitamos que o horror do débito fique sobre quem está lutando em circunstâncias tão desencorajadoras. Se desejais fazê-lo, por favor solicitai em meu nome no escritório de Signs uma centena de dólares para Nellie L. Tomemos ambos interesse nesta questão e o Senhor nos abençoará. Eu sei que ela lutará com todas as suas forças para manter-se a si mesma. Battle Creek, Mich., 28 de Março de 1889 BS 327 2 Irmão C. H. Jones: Queira por favor pagar a ordem de _____ 100 (Cem Dólares) como dádiva do Senhor que me fez depositária de Seus bens. -- "Ellen G. White" Carta 28, 1889. Pioneirismo na Austrália BS 327 3 Preconceito removido pelo ministério de assistência -- Através dos anos passamos por interessantes experiências enquanto estivemos na Austrália. Ajudamos a estabelecer uma escola desde os fundamentos, penetrando na floresta de eucaliptos e fazendo acampamento enquanto as árvores eram derribadas, o solo preparado e os edifícios erguidos. BS 327 4 O preconceito na comunidade onde a escola fora estabelecida foi derribado pela obra médico-missionária que fizemos. O médico mais próximo morava cerca de trinta quilômetros de distância. Eu disse aos irmãos que permitiria a minha secretária -- uma enfermeira diplomada que está comigo há vinte anos -- visitar os enfermos aonde quer que fosse solicitada. Fizemos de nosso lar um hospital. Minha enfermeira tratou com sucesso de alguns casos bem difíceis que os médicos tinham declarado incuráveis. Este trabalho não ficou sem a sua recompensa. A desconfiança e o preconceito foram removidos. O coração do povo era conquistado e muitos aceitaram a verdade. Nesse tempo ali era necessário manter tudo debaixo de chave, por causa de ladrões. Apenas uma vez alguma coisa nos foi roubada, e isto pouco depois de nossa chegada. Agora a comunidade é respeitadora da lei, e ninguém teme ser roubado. -- Manuscrito 126, 1902. BS 328 1 Interesse pessoal no povo -- Procuramos manifestar interesse pessoal no povo. Se víamos alguém caminhando ao nos dirigirmos para a estação, cerca de sete quilômetros de distância, alegremente lhe oferecíamos lugar em nossa carruagem. Fizemos o que podíamos para desenvolver nossa terra e encorajar nossos vizinhos a cultivar o solo, a fim de que também eles obtivessem frutos e vegetais próprios. Ensinamos-lhes como preparar o solo, o que plantar e como cuidar da lavoura em crescimento. Logo compreenderam a vantagem de prover desta forma para si mesmos. Compreendíamos que Cristo mostrou interesse pessoal em homens e mulheres quando esteve na Terra. Era um Médico-missionário em todo o lugar aonde ia. Devemos sair fazendo o bem como Ele o fez. Somos ensinados que devemos alimentar os famintos, vestir os nus, curar os enfermos e confortar os tristes. -- Manuscrito 126, 1902. BS 328 2 Economizar para ajudar a outros -- Vivemos economicamente e procuramos descobrir como devemos gastar cada centavo. ... Reformamos repetidamente nossa roupa, remendando e alargando, a fim de usá-la um pouco mais, para podermos suprir com roupas os que estão em maior necessidade. Um de nossos irmãos em Ormondville, inteligente carpinteiro, não podia batizar-se porque não tinha outra roupa para vestir. Quando recebeu um terno novo, barato, foi o homem mais agradecido que já vi, porque podia agora participar da ordenança do batismo. -- Carta 89a, 1894. BS 328 3 Novo material durável comprado para obra de beneficência -- Alguns de nosso povo me dizem: "Distribua suas roupas usadas, para os pobres." Se eu desse aos pobres as roupas que remendo e alargo, não veriam como poderiam usá-las. Para eles eu compro material novo, forte, durável. Tenho visitado fábricas de tecidos e tenho comprado sobras que podem ter defeito mas se adquirem por preço reduzido, e beneficiam os que as recebem. Posso permitir-me usar as roupas velhas até que não possam mais ser reparadas. Comprei para vosso tio excelente fazenda para calças e camisa, e ele está agora suprido com roupa respeitável. Desta forma posso prover para grandes famílias com crianças, roupas duráveis, que os pais nem sequer sonham poder comprar para eles. -- Ibidem. BS 329 1 Comprando madeira de fazendeiros necessitados -- A pobreza está tão disseminada nas colônias que muitos estão enfrentando a morte pela fome, e o aspecto mais estranho do fato é que os fazendeiros parecem absolutamente incapazes para delinear planos pelos quais aquilatar tempo e dinheiro. ... Compramos madeira de nossos irmãos fazendeiros e procuramos dar emprego a seus filhos e filhas. Mas precisamos de um grande fundo caritativo do qual tirar para livrar famílias da fome. Os que precisam de nossa ajuda não são pessoas vadias, mas são homens que têm ganho em tempos prósperos bons salários não inferiores a vinte e até quarenta dólares por semana. ... Eu dividi os suprimentos de nossa despensa com famílias desta espécie, andando algumas vezes dezessete quilômetros para aliviar-lhes as necessidades. -- Carta 89a, 1894. BS 329 2 Solicitude por um estudante pobre -- Queira fazer o favor de perguntar ao irmão _____ quais as roupas que ele necessita, e o que for preciso, por favor forneça-lhe, e ponha-o em minha conta. Ele não recebeu sua mala, e temo venha a sofrer, pois necessita de roupa. -- Carta 100, 1893. BS 329 3 Auxílio a um pastor doente -- O irmão e a irmã A. têm estado trabalhando em Ormondville, cerca de cento e sessenta quilômetros daqui, com bons resultados. ... Encontrei o irmão A. em Napier, e ele me disse que fui eu quem o enviou à escola em Healdsburg, pagando suas despesas para que ele obtivesse sua educação. Fiquei muito feliz por ver o resultado desse investimento. BS 330 1 Nós enviamos o irmão A _____ ao instituto de Sta. Helena. ... Ele é um grande sofredor. Dei trezentos dólares para este caso, embora haja muitos casos para os quais se necessita cada dólar; mas eu tenho plena consciência de que devo ajudar este caso. É este um caso com o qual os que amam e temem a Deus devem mostrar simpatia de maneira tangível e ter em mente que Cristo identificou os Seus interesses com os da humanidade sofredora. -- Cartas 79, 33, 1893. BS 330 2 A Sra. White enfrenta o problema de depressão -- Os membros da família do irmão M. seriam industriosos se tão-somente tivessem trabalho para fazer. Não queremos vê-los sofrer fome ou ficar destituídos de vestuário nem desanimarem-se. Foram comprados, comprados pelo sangue de Cristo, e são valiosos para Deus. Enquanto estivermos neste país continuaremos a ajudar os pobres e sofredores, tanto quanto for possível. O irmão M. está com débito sobre sua propriedade; paguei os juros do último trimestre, sete libras, pelas quais nada espero receber, mas eu não desejaria, não poderia, ver a família despejada na rua. ... Oramos com todo o fervor para que o Senhor opere em favor desta querida família. BS 330 3 Estamos nós mesmos sobremodo preocupados quanto ao nosso dever para com todos esses sofredores. Há inúmeras famílias sem emprego, e isto significa penúria, fome, aflição e angústia. Não vejo outro jeito senão ajudar essas pobres almas em sua grande necessidade, e isso farei, se o Senhor quiser. E Ele quer. Sua Palavra é veraz, e não pode falhar, nem ser mudada por nenhum dos artifícios humanos para sofismá-la. BS 330 4 Precisamos ajudar os necessitados e opressos, se não queremos que Satanás os tire de nossas mãos, de nossas fileiras, e os coloque, estando eles em tentação, em suas próprias fileiras. -- Carta 42, 1894. BS 330 5 Angariando recursos para enfrentar as necessidades dos pobres -- Vou hoje a Sydney, a fim de comprar nas liquidações anuais algumas mercadorias. Eles fazem essas liquidações para livrarem suas lojas de estoques velhos. Os pobres ao nosso redor sofrem por falta de alimento e roupas, e eu posso comprar com alguma vantagem nessas lojas. Economizamos tanto quanto possível e há necessitados bastantes para isto. ... Há muitos pobres que são atribulados por falta de alimento e roupas, os quais são da família da fé. Nossa bolsa mal daria para ajudar nas necessidades dos que conhecemos. Jesus diz: "Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Quão preciosas são para confortar os pobres essas palavras! -- Carta 39, 1895. BS 331 1 Organizada uma sociedade de Dorcas -- Domingo foi um dia cheio para nós, pois fizemos planos em favor dos que são pobres, muito pobres e pusemos em operação alguns desses planos, os quais me aliviarão a mim mesma e a família no fazer tudo que tem de ser feito. A irmã C., uma mulher digna, está prostrada no leito com ciática. Ela tem um filho de treze anos, e a mãe idosa e inválida, sem nenhum meio de sustento. A mãe tem recebido ajuda dos filhos para pagamento do aluguel, e como os tempos têm-se tornado cada vez mais duros e apertados, isto é tudo que eles podem fazer. Temos também o irmão R., e sua esposa, com quatro filhos desamparados. Ele faz o melhor que pode para sustentar os seus inocentes filhos, mas passam necessidade todo o tempo. Pouco consegue pela sua produção. Agora vamos dar um giro pelas igrejas a fim de ver se nos podem suprir com roupas usadas para essas famílias carentes de recursos. Tenho comprado boas fazendas nas liquidações, para confeccionar roupas para eles, assim como lhes tenho suprido o alimento. BS 331 2 Alguns de nossa família saíram ontem numa expedição de caridade e fizeram um pequeno início. Alguma coisa foi coletada. Há oito famílias que temos estado ajudando com tudo que consideramos aconselhável. BS 331 3 Uma sociedade de Dorcas está para funcionar esta semana, a fim de examinar e remodelar velho e novo material de auxílio aos necessitados. Os membros de minha família e eu temos feito muito donativo de dinheiro e roupa. A carga sobre nós não tem sido pequena. Não precisamos correr atrás dos casos; eles correm atrás de nós. Essas coisas exigem nossa atenção; não podemos ser cristãos e passá-las por alto dizendo: "Aquecei-vos e vesti-vos", sem lhes dar os meios de se aquecerem e se vestirem. O Senhor Jesus diz: "Os pobres sempre os tendes convosco." Eles são um legado de Deus a nós. -- Manuscrito 4, 1895. BS 332 1 Assistindo com alimentos e roupas -- Nossa família tem tido de ajudar os pobres com alimentos e roupas, e as viúvas e órfãos com dinheiro e também com roupas e alimentos. Esta é uma parte de nossa obra como cristãos, e não pode ser negligenciada. Cristo disse: "Os pobres sempre os tendes convosco", e nesta parte da vinha do Senhor isto é literalmente verdade. Fazer o bem em todas as suas formas é imposto sobre os missionários do Senhor pelas Santas Escrituras. Lede II Coríntios 9. Vereis que nossa obra é não apenas pregar, mas ao vermos a humanidade sofredora no mundo, devemos ajudá-los em suas necessidades temporais. Assim seremos instrumentos nas mãos de Deus. ... BS 332 2 Os que se dão ao Senhor assumem o jugo de Cristo e trabalharão segundo a orientação de Cristo, sempre buscando de Jesus sabedoria e discernimento correto para agir como convém. Muitos levam o seu zelo e temperamento natural a suas atividades de benevolência; agem pelo impulso; dão àqueles a quem entendem que devem dar, enquanto outros igualmente dignos são, como fizeram o sacerdote e o levita, vistos e passados por alto; não manifestam por esses qualquer interesse especial; passam de largo, do lado da indiferença e da negligência. Fazer o bem em todas as suas formas está implícito nas Escrituras, mas é necessário toda prudência e cuidado, a fim de saber como mostrar misericórdia e ajuda aos que são realmente necessitados. O procedimento proveitoso a ambas as partes é ajudá-los a se ajudarem; abrir o caminho diante deles em vez de dar-lhes dinheiro. Encontrar para eles trabalho; manifestar discrição e estar certos de que fazemos uso dos meios de tal forma que produza o maior bem aos pobres do Senhor no presente e no futuro. -- Carta 31b, 1895. BS 332 3 Provido trabalho para famílias necessitadas -- Havia aqui muitos pobres e necessitados. Homens que estavam procurando servir ao Senhor e guardar os Seus mandamentos não podiam sustentar suas famílias, e pediram-nos que lhes déssemos alguma coisa para fazer. Demos-lhes trabalhos e eles comeram à nossa mesa. Demos-lhes salário digno até que suas famílias fossem alimentadas e confortavelmente vestidas. Então deixamos que fossem procurar trabalho em algum outro lugar. Alguns deles tiveram de usar roupas de Willie para poderem assistir às reuniões de sábado. -- Carta 33, 1897. BS 333 1 Provendo trabalho, livros e roupas -- Os que neste país aceitam a verdade são na maioria pobres, e no inverno é duro para eles manter suas famílias. Depois que escrevi a anterior, recebi uma carta de... um homem que era fabricante de carruagens. Estava em grande pobreza dois anos antes, e demos-lhe trabalho. Ele foi obrigado a deixar sua família -- esposa e cinco filhos -- nos subúrbios de Sydney e vir para Cooranbong, distante cerca de cento e quarenta e cinco quilômetros, a fim de conseguir trabalho. Antes disto era sócio do irmão, também fabricante de carruagens. BS 333 2 Mas quando abraçou o sábado perdeu sua posição, e trabalhou por pequenos salários, não conseguindo finalmente mais trabalho algum. É um homem inteligente, refinado, bom professor na Escola Sabatina e sincero cristão. Conservamo-lo enquanto tivemos alguma coisa que ele podia fazer, e quando partiu, modestamente perguntou se havia alguns livros sobre a verdade presente que ele pudesse levar, pois não possuía nenhum. Dei-lhe livros no valor aproximado de seis dólares. Perguntou também se tínhamos alguma roupa usada que lhe pudéssemos dar, para que sua esposa reformasse para os filhos. Dei-lhe uma mala com roupas, pelo que ele ficou profundamente grato. -- Carta 113, 1897. BS 333 3 Posta como exemplo pelo Senhor -- Por que não buscais descobrir casos de homens como o irmão _____? Ele é um cristão cavalheiro em todo o sentido da palavra. É um homem que Deus ama. Homens como ele são preciosos à vista de Deus. Eu o conheço bem. BS 333 4 Interessei-me pessoalmente por este caso. ... Procurei antecipar-me a suas necessidades e nunca colocá-lo onde ele teria de mendigar trabalho. Enquanto em Cooranbong procurei ser um exemplo de como devem os necessitados ser ajudados. Procurei trabalhar da maneira como me foi indicado pelo Senhor. -- Carta 105, 1902. BS 334 1 Uma sociedade de Dorcas no lar de E. G. White -- Na noite passada tivemos uma sociedade de Dorcas em nosso lar, e minhas obreiras que me ajudam na preparação dos meus artigos para as revistas, e que cozinham e costuram, cinco delas, ficaram até meia-noite cortando roupas. Fizeram três pares de calças para as crianças de uma família. Duas máquinas de costura trabalharam até meia-noite. Penso que jamais houve grupo mais feliz de obreiros do que essas moças na noite passada. BS 334 2 Fizemos uma porção de roupa para esta família, e achamos que foi tudo que podíamos fazer. A irmã C. está agora em sua missão de misericórdia para esta pobre família, cortando vestidos do tecido conseguido. Há também outras famílias a serem supridas. E agora chega outro pedido, e precisamos atender com roupa de inverno. Assim tem sido sempre desde que chegamos a este país. Certamente enfrentaremos o pedido de que enviemos um pacote de roupa para essas pessoas necessitadas. Só vos conto estas coisas para que saibais que estamos rodeados pela pobreza. A esposa deste pescador está para ser batizada no próximo sábado. Aos pobres é pregado o evangelho. O povo desta localidade tem muito pouco dos bens deste mundo. -- Carta 113, 1897. BS 334 3 Assistindo os enfermos e desamparados -- Os enfermos nos suplicam auxílio, e nós vamos em seu socorro. A irmã McEnterfer, minha auxiliar e enfermeira, é chamada a quilômetros de distância para fazer tratamentos e prescrevê-los. Ela tem tido maravilhosos sucessos. Não há médico em Cooranbong, mas nós vamos construir um hospital e sanatório logo, onde os enfermos possam receber cuidados. No passado levamo-los para o nosso próprio lar e cuidamos deles, pois não podemos deixar seres humanos sofrer sem procurar aliviá-los. ... BS 334 4 Nada cobramos pelo que fazemos, mas precisamos ter um hospital, que custe o menos possível, onde possamos ter algumas melhorias e recursos no cuidado dos doentes. BS 334 5 Esta é a obra de Cristo e tem de ser a nossa obra. Queremos seguir bem de perto os passos do Mestre. Encontramos neste lugar pessoas inteligentes, que outrora estiveram em posição confortável, mas sobreveio-lhes a pobreza. Provemos trabalho para esses, e pagamos-lhes por ele, e assim aliviamos suas necessidades. Esta é precisamente a obra a ser feita, para que sejam curadas as enfermidades tanto da alma como do corpo. Cristo é o poderoso Médico da alma e do corpo. BS 335 1 Cristo declarou: "Os pobres sempre os tendes convosco." Oh! quanto eu gostaria de fazer mais do que estou fazendo agora! Que o Senhor me fortaleça, é a minha oração, para que me seja possível fazer o que Ele me determinou. Ontem foi enviado um pacote de roupas a uma pobre, porém inteligente e industriosa família. O pai é um distinto operário, que trabalha em construção de carruagens. Trabalha quando pode conseguir trabalho. Este é agora o terceiro pacote de roupas que lhe enviamos. Almas estão vindo para a verdade pela influência desta família, e o irmão Starr está a caminho de Sydney a fim de batizar várias pessoas que se converteram à verdade. BS 335 2 Desejo ver a obra progredir. Trabalharemos com paciência, e o Senhor dará a convicção e a conversão. Não podemos negligenciar os pobres. Cristo era pobre. Ele conheceu privações e necessidade. Utilizo cada dólar de minha renda para o avançamento da obra. ... Importa-nos trabalhar enquanto é dia, pois vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. -- Carta 111, 1898. BS 335 3 Obra médico-missionária ao redor de Cooranbong -- A irmã Sara McEnterfer, em companhia do irmão Tiago, meu caseiro, acabam de sair para visitar o irmão C., que mora a nove quilômetros daqui, no sertão. Este irmão aceitou a verdade logo que chegamos a Cooranbong. ... BS 335 4 Agora chega-nos a notícia de que nosso amado irmão caiu com febre tifóide. O Sr. Springle é o único homem na vila que sabe alguma coisa sobre o tratamento sem drogas; mas há seis semanas ele foi chamado para atender o Sr. B., que também está com febre tifóide. Ficou com ele noite e dia, e agora voltou ao lar esgotado. Assim não se pode depender dele para tratar o irmão C. BS 335 5 Sara e o irmão J. subiram para ver qual é a situação. Se o irmão C. puder movimentar-se, terá de ser trazido ao nosso alcance, mesmo que tenha de ser transportado numa padiola. Não podemos permitir que fique ali e morra, deixando sua mulher e filhos à mercê de quem queira ter misericórdia deles. ... BS 336 1 21 de março -- Sara voltou com as boas novas de que o irmão C. está bem melhor. Ele foi atingido, mas o Sr. Springle que pôde visitá-lo, encontrou nele um caso muito diferente do Sr. B. O irmão C. é um amigo da reforma de saúde, e ao ser dado ao seu caso vigoroso tratamento a febre cedeu. Ele está fraco, mas está de pé e vestido, sentindo-se alegre e feliz no Senhor. Sara diz que o milho que ele está cultivando ajudará grandemente no sustento de sua família. Eles possuem um moinho manual, e moem o milho até se tornar bem fino. Disto fazem o seu pão, pois não possuem dinheiro para comprar farinha de trigo. Vamos enviar-lhes alguma farinha. Este é o trabalho que tem sido feito em vários casos. O que temos feito é ajudar as pessoas a se ajudarem. BS 336 2 O irmão C. tem isto nele, de não se permitir depender de outros desde que possa trabalhar. Mas o homem que comprou o seu barco nada lhe pagou ainda, pois não o pôde. G. C. White viu as necessidades do irmão C., e emprestou-lhe oito libras tomadas emprestadas ao nosso ferreiro, para que ele tivesse um pequeno início. E todos estão alegres e mais do que admirados por ver o começo que ele conseguiu. Cerca de doze acres foram preparados e plantados com milho doce e milho do campo. O milho doce eles irão usar para seu alimento, e o outro venderão. Os vegetais que plantaram ajudam em grande parte no sustento da família. Os garotos estão trabalhando com o pai como pequenos agricultores. Estão de tal forma animados e cheios de zelo que é até divertido olhar para eles e ver quão felizes se encontram em seu trabalho. Eles não têm muitas relações além dos de sua própria família, mas estão na melhor escola que poderiam desejar. -- Carta 48, 1899. BS 336 3 Primeiro aos domésticos da fé -- Há famílias que perderam a situação que desfrutavam por vinte anos. Um casal teve grande número de filhos dos quais estamos cuidando. Estou pagando as despesas escolares de quatro crianças desta família. Vemos muitos casos e precisamos ajudar. São excelentes esses homens que temos ajudado. Possuem grandes famílias, mas são os pobres do Senhor. Um destes homens era marceneiro e fabricante de carruagens, e de rodas e um cavalheiro de ordem superior à vista de Deus, que lê o coração de todos. Durante três anos propiciamos a esta família roupas de nossa própria família. Mudamos a família para Cooranbong. Esperávamos poder ajudá-los a conseguir uma casa neste inverno. Deixei-os ficar em minha tenda, e puseram nela um teto de ferro, e assim têm vivido um ano. Todos amam este homem, sua esposa e filhos. Precisamos ajudá-los. Eles têm um pai e uma mãe que precisam de sua ajuda. Três famílias desta mesma espécie estão no terreno da escola, e oh! se tão-somente tivéssemos dinheiro para ajudá-los a construir uma casa barata de madeira, quão alegres não ficariam! Uso cada centavo que tenho para ajudar esta obra. Mas faz diferença para mim a quem ajudo, se é um pobre sofredor de Deus, que guarda os Seus mandamentos e perde por isto sua posição, ou um blasfemador que calca a pés os mandamentos de Deus. E Deus leva em conta a diferença. Devemos tornar todos esses homens e mulheres coobreiros de Deus. -- Carta 45, 1900. BS 337 1 Ajudamos a todos que pudemos -- Na Austrália procuramos fazer tudo que podíamos neste sentido. Estabelecemo-nos em Cooranbong, e ali, onde o povo tem que caminhar quarenta quilômetros de distância em busca de um médico, pagando-lhe ainda vinte e cinco dólares pela visita, ajudamos os enfermos e sofredores como foi possível. Vendo que sabíamos alguma coisa sobre doenças, o povo nos trouxe os seus enfermos, e deles cuidamos. Assim derribamos inteiramente o preconceito neste lugar. ... BS 337 2 O trabalho médico-missionário é a obra pioneira. Deve estar correlacionado com o ministério evangélico. É o evangelho na prática, o evangelho praticamente posto em ação. Sinto-me triste ao ver que o nosso povo não tem apoiado esta obra como devia. ... BS 337 3 Todo o Céu está interessado na obra de aliviar os sofrimentos da humanidade. Satanás está exercitando todos os seus poderes para obter o controle sobre a alma e o corpo dos homens. Ele está procurando amarrá-los às rodas do seu carro. Meu coração sente-se entristecido ao olhar as igrejas, pois deviam estar associadas de corpo e alma e na prática com o trabalho médico-missionário. -- The General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901. A Sra. White conquistou amplas simpatias em sua vida BS 338 1 Simpatia pela viúva do presidente McKinley -- São mais de duas horas e não consigo dormir. Desperto-me muitas vezes a uma hora da madrugada com o coração franqueado em terna simpatia pela atribulada esposa do presidente McKinley. Um foi levado e o outro é deixado. O homem forte em cuja grande afeição ela sempre podia descansar, já não existe. Enquanto estava com saúde, cumprindo os deveres de seu ofício, uma mão aparentemente amiga, mão que o presidente estaria pronto a apertar, se estendeu. Essa mão de Judas sustentava uma pistola e atirou no presidente. Em meio a cenas de vida agradável e de alegria, vieram tristezas, pesares, sofrimento e dor. Como pôde ele praticar esta terrível ação assassina? BS 338 2 Meu coração sente profunda simpatia por aquela que é deixada. Tenho estado a repetir vezes sem conta: Oh! como são insuficientes todas as palavras de simpatia humana! Há milhares que poderiam proferir se possível palavras para aliviar o coração quebrantado, mas não compreendem quão débeis são as palavras para confortar a criatura amargurada, que em sua fraqueza sempre encontrou no esposo um coração humano, cheio de ternura, compaixão e amor. O forte braço humano no qual a frágil esposa sofredora descansava, não existe. BS 338 3 Não desejo que nossa irmã tenha menos saudade do esposo fiel nem menos amor por ele, mas sim que ela agora olhe para o seu melhor Amigo, Aquele cujo amor tem sido manifestado a ela em toda a sua vida. Eu lhe indicaria as palavras de Isaías 61:1-3: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor, e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor." -- Diário, 1901. BS 339 1 Ministrando a idosos veteranos de guerra -- Tive comigo por algum tempo em Battle Creek, guardados em algum lugar, alguns remanescentes de livros e alguns volumes completos de Sabbath Readings. Por favor, pedi ao irmão Amadon procurar diligentemente tudo isso e enviar-me. ... BS 339 2 Podemos usar os pequenos volumes de Sabbath Readings e outras obras com boa vantagem nos lares dos órfãos e em muitos outros lugares onde esses pequenos livros serão altamente apreciados. Poderíamos usar alguns deles no Lar dos Soldados, em Yountville, onde muitas centenas de soldados velhos recebem cuidados em grandes edifícios governamentais. Estamos dando a esses homens toda atenção possível. Cada dois sábados um grupo das igrejas e do Sanatório de Sta. Helena visitam-nos, para cantar hinos religiosos e falar-lhes. Eles estão interessados nessas reuniões e parecem deleitar-se com tudo que nossos irmãos fazem por eles. BS 339 3 Estamos enviando revistas a esses soldados e temos posto em sua biblioteca exemplares de minhas obras, Parábolas de Jesus e alguns dos meus livros maiores. Muitos desses homens são inteligentes. Nossos irmãos e irmãs estão trabalhando neste campo, e esperamos fazer muito mais pelos soldados do que temos feito até agora. Algumas vezes uma palestra -- um breve e direto sermão bíblico -- é-lhes apresentado, e eles ouvem com intenso interesse. Os cânticos evangélicos, a oração breve e boa palestra, tomados em conjunto, parecem ser precisamente o que é necessário para o interesse dos velhos. Eles dizem: "Nunca antes tivemos coisas feitas por nós!" BS 339 4 Desejamos conservar livros e folhetos circulando entre esses soldados. Por favor, ajudai-nos quanto puderdes neste setor reunindo alguma coisa para eles lerem -- livros, revistas repletas da verdade bíblica. -- Carta 96, 1903. Uma carta a crianças sem pai, São José, Califórnia, 29 de Junho de 1905 BS 340 1 Queridas Crianças: Preciso escrever-lhes umas poucas linhas. Desejaríamos poder entrar em seu lar e chorar com vocês e com vocês ajoelhar em oração. Não gostaria cada um de vocês de buscar ao Senhor servi-Lo? Vocês poderão ser uma grande bênção para a mamãe, se nada fizerem que lhe entristeça o coração. O Senhor Jesus os receberá se vocês Lhe derem o coração. Façam tudo que poderem para aliviar a mamãe de todo fardo de cuidados. BS 340 2 O Senhor prometeu ser um Pai para os órfãos. Se vocês Lhe derem o coração, Ele lhes dará poder de serem feitos filhos e filhas de Deus. Se as crianças mais velhas aliviarem a mamãe levando-lhe tanto quanto possível os inúmeros fardos, e se tratarem os irmãos menores com bondade, ensinando-os a fazerem o que é direito e a não preocuparem a mamãe, o Senhor os abençoará grandemente. BS 340 3 Dêem o coração ao amante Salvador, e façam somente o que é agradável aos Seus olhos. Não façam nada que magoe a mamãe. Lembrem-se de que o Senhor os ama, e que cada um de vocês pode tornar-se membro da família de Deus. Se vocês forem fiéis aqui, quando Ele vier nas nuvens do Céu, vocês se encontrarão com o papai e serão uma família unida. -- Carta 165, 1905. Com amor, Ellen G. White ------------------------Conselhos sobre Educação CE III 1 Prefácio CE V 1 Histórico dos testemunhos sobre educação CE 1 1 Capítulo 1 -- A devida educação CE 31 1 Capítulo 2 -- Perigos e deveres em relação á juventude CE 32 1 Capítulo 3 -- Nosso colégio CE 44 1 Capítulo 4 -- A causa em Iowa CE 52 1 Capítulo 5 -- A devida educação CE 58 1 Capítulo 6 -- Um costume digno de imitação CE 59 1 Capítulo 7 -- Nosso colégio CE 75 1 Capítulo 8 -- Importante testemunho CE 93 1 Capítulo 9 -- Fundo de auxílio para estudantes CE 94 1 Capítulo 10 -- Obreiros em nosso colégio CE 105 1 Capítulo 11 -- Religião e educação científica CE 109 1 Capítulo 12 -- A educação de nossos filhos CE 112 1 Capítulo 13 -- A necessidade de reforma educativa CE 127 1 Capítulo 14 -- Obstáculos á reforma CE 138 1 Capítulo 15 -- O caráter e a obra do professor CE 148 1 Capítulo 16 -- Palavras de um instrutor celeste CE 154 1 Capítulo 17 -- Internatos escolares CE 162 1 Capítulo 18 -- A reforma industrial CE 167 1 Capítulo 19 -- A fazenda da escola de Avondale CE 179 1 Capítulo 20 -- Escolas de igrejas CE 192 1 Capítulo 21 -- A direção e as finanças da escola CE 205 1 Capítulo 22 -- Uma palavra de advertência CE 208 1 Capítulo 23 -- Socorro a nossas escolas CE 219 1 Capítulo 24 -- Aos professores de nossas escolas CE 229 1 Capítulo 25 -- O Espírito Santo em nossas escolas CE 235 1 Capítulo 26 -- O falso e o verdadeiro na educação CE 242 1 Capítulo 27 -- A importância de buscar o verdadeiro conhecimento CE 249 1 Capítulo 28 -- O conhecimento adquirido na palavra de Deus CE 259 1 Capítulo 29 -- Escola de evangelistas-médicos ------------------------Prefácio CE III 1 Dos nove volumes que compõem os Testemunhos Para a Igreja (Testimonies for the Church), sete contêm capítulos que tratam de educação. Até o verão de 1968, qualquer pessoa que desejasse consultar esses capítulos tinha que lançar mão de todos os volumes de Testimonies. Antecipando-se ao Concílio Quadrienal de Educação Superior, patrocinado pelo Departamento de Educação da Associação Geral e realizado na Andrews University em Agosto de 1968, e desejando pôr à disposição dos delegados os conselhos sobre educação contidos nos Testemunhos (Testimonies), os publicadores, em conselho com os depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, reuniram esses capítulos dispersos sobre educação e os apresentaram num só volume. Num gesto de boa vontade eles então prepararam cópias desta edição souvenir a todos os educadores, administradores e delegados ao concílio. CE III 2 O volume de 264 páginas foi recebido com apreciação e entusiasmo. Juntamente com os livros Educação, Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, e Fundamentos da Educação Cristã, o estudante pode ter diante de si em apenas quatro volumes todo o conselho do Espírito de Profecia neste campo especializado. CE III 3 A popularidade da edição inicial e os pedidos, formais e informais, de que continuasse, levaram à decisão de introduzir este volume na linha regular dos livros de Ellen G. White a serem postos permanentemente à disposição no formato Biblioteca do Lar Cristão. Inteiramente diferente, porém, dos outros livros de Ellen G. White publicados postumamente, este não significa novos conselhos do Espírito de Profecia. Sua publicação simplesmente provê num único volume os conselhos sobre educação já existentes nos diferentes volumes de Testimonies for the Church. CE IV 1 Este livro recebeu uma forma incomum. Cada capítulo mantém o formato original de Testimonies, com o conteúdo da página, o número do volume e a apresentação em fac-símile do capítulo apresentado, o que mantém dentro da linha do Índice Geral dos Escritos de Ellen G. White toda a matéria do livro. CE IV 2 O índice do conteúdo traz a informação da data da publicação original de cada capítulo. A introdução histórica aos conselhos sobre educação providos pela pena de Ellen G. White e que precedem o texto constitui auxílio útil e informativo no estabelecimento da relação deste volume com os outros três atrás mencionados, dedicados ao tema educação, oriundos da pena do Espírito de Profecia. Os Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, Washington, D.C., Janeiro, 1969. ------------------------Histórico dos testemunhos sobre educação CE V 1 Pela primeira vez os tópicos principais em Testemunhos Para a Igreja (Testimonies for the Church) relacionados com o programa educacional mantido pela igreja adventista do sétimo dia foram reunidos e apresentados num só volume. Isto foi feito como contribuição dos publicadores aos nossos obreiros à frente do programa de educação. CE V 2 Abre o volume a apresentação básica feita por Ellen G. White em 1872, na qual ela expõe diante da igreja os princípios que devem reger a educação de sua juventude. O artigo é vasto; e como foi tantas vezes o caso nas experiências de Ellen White, ao ser-lhe revelado um novo aspecto da verdade, a apresentação inicial incorporou as características principais numa ampla extensão, estabelecendo assim a filosofia básica. "O tempo que resta agora é muito breve", ela escreveu, "para realizar o que podia ter sido feito em gerações passadas; mas podemos fazer muito, mesmo nestes últimos dias, para corrigir os males existentes na educação da juventude." -- Págs. 28 e 29 deste livro. Então, com o passar do tempo e ao prosseguir a igreja no rumo da instrução e da obra para que fora chamada, Ellen G. White prestou mais pormenorizada orientação e conselho que permitissem enfrentar as necessidades de uma obra em expansão. CE V 3 Em resposta ao chamado, os líderes adventistas do sétimo dia trataram de estabelecer uma escola. Tiago e Ellen White tinham por ideal uma escola no campo, com oportunidades para o estabelecimento de indústria e agricultura. A família White estava ausente de Battle Creek, entretanto, quando se tomou a decisão final. Os irmãos compraram cinco hectares e meio em Battle Creek, perto do Hospital de Battle Creek. Não vendo, porém, necessidade de tanta terra para o campus do colégio, venderam dois hectares e meio a adventistas que desejavam estabelecer-se nas proximidades do colégio. Nos três hectares restantes foi construído o Colégio de Battle Creek. CE VI 1 Inicialmente a planta consistia em apenas um edifício, com salas de aula e capela. Os alunos tiveram que se arranjar para acomodações. CE VI 2 Quando a família White retornou a Battle Creek no outono de 1874, e Ellen White viu o colégio construído na cidade, sem terra para agricultura, sentiu-se desalentada e chorou. Contudo ela prestigiou a instituição. Falando, quando da inauguração, apelou aos pais adventistas para que dessem todo o apoio e enviassem seus filhos para receberem educação ali. O forte estímulo é refletido no segundo e terceiro artigos desta coletânea, os quais tratam de nosso colégio e da verdadeira educação. CE VI 3 A jovem instituição fez razoável progresso. Sidney Brownsberger, um educador adventista do Michigan, emprestou-lhe forte liderança; e Goodloe Bell, professor com experiência, tomou parte preeminente na organização do programa escolar. Esses educadores pioneiros, entretanto, não apreenderam toda a importância do tipo do programa educativo que a igreja devia levar a cabo. O currículo consistia em grande parte em assuntos clássicos, e nenhum curso bíblico regular era oferecido pelo colégio em seus primeiros anos. Urias Smith, porém, redator de Review and Herald, cuja residência ficava logo atrás do colégio, sempre que podia vinha e fazia preleções sobre temas bíblicos. CE VI 4 Logo sobrevieram dias difíceis para o colégio. Alguns pais em Battle Creek fizeram restrições a alguns dos métodos do professor Bell. Em certas situações os pais tomavam posição ao lado de alguns de seus jovens que estavam freqüentando a escola. CE VI 5 No verão de 1881, um novo converso, Alexandre McLearn, homem de alta graduação escolar e alguma distinção, foi chamado para dirigir o colégio em lugar do Prof. Brownsberger. Esperava-se que ele e Bell pudessem trabalhar juntos, mas o que houve foi apenas confusão. CE VI 6 Havia certa obsessão da parte de alguns líderes da obra em Battle Creek por uma educação segundo os padrões do mundo. Uma atitude crítica para com Ellen G. White tomou vulto a ponto de ameaçar tornar as mensagens do Senhor de pouco efeito. CE VII 1 Este é o cenário dos vários capítulos na parte de abertura do vol. 5 de Testimonies. O primeiro leva o título: "Nosso Colégio." O nome do professor Bell pode ser escrito nos espaços vazios indicados por linhas neste capítulo. CE VII 2 O capítulo intitulado "Importante Testemunho", que começa na página 45 e leva a data de 28 de Março de 1882, põe a mostra a situação em Battle Creek durante um período crítico e melindroso. O Prof. Bell havia renunciado; o Prof. McLearn estava na direção; e conquanto o capítulo seja aberto com uma característica aparentemente generalizada, o cerne de toda a questão era a atitude de indivíduos em sua relação com a situação crítica da escola e uma nova oportunidade que o Senhor havia dado a Ellen G. White, de aconselhar em relação com o trabalho da escola. CE VII 3 Na página 45 o nome de McLearn pode ser subentendido como aquele que "veio para o vosso meio não familiarizado com o trato do Senhor para conosco". Tendo sido adventista por apenas poucos meses, pouco conhecia da história e filosofia dos adventistas do sétimo dia. A despeito do seu excelente preparo no campo da educação, estava mal preparado para assumir a responsabilidade da direção de nosso primeiro colégio, especialmente naqueles primeiros anos. CE VII 4 O capítulo seguinte, intitulado "Obreiros em Nosso Colégio", é uma parte do quadro das crises em Battle Creek. Uma vez mais o nome do professor McLearn pode ser escrito como o homem que "vos teria servido muito bem não tivesse ele sido lisonjeado por alguns e condenado por outros". A questão estava agora inteiramente fora de domínio. O Prof. Brownsberger tinha sido chamado para a Costa do Pacífico, a fim de assumir a direção do novo colégio aberto em Abril de 1882, em Healdsburg; o Prof. Bell fora chamado para Lancaster do Sul, Massachusetts, a fim de tornar-se o professor principal na nova escola estabelecida pelo Pastor Haskell em Massachusetts nos fins do ano escolar de 1881-1882. O colégio de Battle Creek fechou as portas por um ano (1882-1883). Isto eliminou McLearn, que prontamente se uniu aos batistas do sétimo dia. A experiência foi uma dura e penosa lição objetiva para os adventistas do sétimo dia. CE VIII 1 O Colégio de Battle Creek foi reaberto e por dezoito anos levou avante o seu trabalho em Battle Creek, continuamente tolhido pelo restrito campus que lhe tornou impossível promover os ideais expostos perante os adventistas do sétimo dia com ênfase educacional bem inequívoca. CE VIII 2 Artigos publicados na última parte do volume 5 de Testimonies em 1889 revelam a posição de Ellen White em apoio do programa educativo da igreja. CE VIII 3 Nos anos da década de 1890 Ellen White esteve na Austrália. Ela reclamou uma escola nos primeiros anos dessa década, de modo que os obreiros para o campo australiano pudessem ser preparados em seu próprio país. Veio assim à Sra. White uma nova oportunidade de fazer sentir sua influência no estabelecimento de uma escola mais em harmonia com os ideais de Deus postos diante de nós. Ao virem os irmãos na Austrália a necessidade de uma escola e começarem a agir no sentido de estabelecê-la, Ellen White ficou firme no propósito de levar a cabo um programa que evitasse os embaraçantes erros cometidos em Battle Creek. A história da aquisição de um trato de terra com seiscentos hectares, distante de Sydney uns 130 quilômetros, para o estabelecimento de nosso colégio na Austrália, é bem conhecida. A providência de Deus se manifestou de modo bem marcante. Uma escola como aquela era inteiramente contrária aos conceitos correntes sobre educação tanto nesse país como em qualquer outro do mundo. O dinheiro era escasso, o número de membros da igreja pequeno. Contudo os irmãos foram avante. CE VIII 4 Ao desenvolver-se o trabalho, o Senhor deu a Ellen White instruções em muitos pontos com relação à administração de escolas adventistas do sétimo dia. E do que escreveu nesse período ela selecionou para publicação no volume 6 dos Testimonies (publicado em 1900) toda a seção de noventa e duas páginas com o título "Educação". CE VIII 5 A influência do desenvolvimento da obra na Austrália fez-se sentir nos Estados Unidos. Educadores de coragem começaram a compreender o plano que lhes havia sido exposto, e que estava agora sendo levado a cabo de modo prático. Assim é que em 1901 tornou-se oportuno mudar o Colégio de Battle Creek para um local mais favorável. Em assembléia da Associação Geral, a primeira a que Ellen White assistia em dez anos, ela apelou para que se mudasse o Colégio de Battle Creek para uma localização rural, onde o povo de Deus pudesse desenvolver um campus colegial em harmonia com Sua instrução. Como imediata resposta, os líderes denominacionais decidiram mudar o colégio. O voto foi tomado em 1901, no mês de Abril. No período seguinte a escola foi aberta em Berrien Springs, Michigan, onde se encontra presentemente a Universidade Andrews. CE IX 1 Por este tempo a crise panteísta envolvendo John Harvey Kellogg e outros obreiros líderes em Battle Creek começou a mostrar-se abertamente. A natureza sutil desses ensinos confundiu a mente de muitos. Esses homens até usavam certas afirmações de Ellen White, fora de seu contexto, para sustentar suas opiniões. Então o Senhor enviou mensagens específicas por meio de Ellen White para expor os perigos de tais ensinos. Como resultado desta situação, certos líderes passaram por um período de considerável incerteza quanto à validade dos conselhos do Espírito de Profecia. A crise veio no outono de 1903. Era lógico que em Testimonies, vol. 8, publicado em Março de 1904, houvesse artigos que tratassem deste sutil ensino. Toda a seção sob o título "O Conhecimento Essencial", trata do problema. CE IX 2 Com a aquisição da propriedade em Loma Linda para ser usada como sanatório e escola de preparo de enfermeiros, o Senhor, por meio de Sua mensageira, mostrou claramente que Loma Linda tornar-se-ia centro vital de educação da igreja. Ellen White apreendera isto muito além do que perceberam os seus associados. Era-lhes difícil compreender sua afirmação em 1906, de que "médicos serão preparados aqui". Responderam, porém, ao seu apelo para que se criasse em Loma Linda um centro educacional, e eles abriram o Colégio de Loma Linda para Evangelistas. Não muito claro a princípio quanto aos objetivos específicos da escola, eles prosseguiram, e logo se desenvolveu a idéia de um centro de preparo de obreiros médicos. CE IX 3 Ao reunir-se em assembléia a Associação Geral em 1909, Ellen White pleiteou este empreendimento educacional em Loma Linda. Ao longo de toda a sua palestra ela deu ênfase ao lugar muito importante que a nova instituição ocuparia como centro educativo. CE X 1 No início de 1910, ao se virem os líderes da igreja a braços com a questão da instituição educativa em Loma Linda, procuraram o conselho de Ellen White quanto à precisa natureza da obra a ser promovida ali. Seu conselho foi que se desse início à educação médica, o que habilitaria os estudantes a fazer face aos exames requeridos pelo governo; e que a obra, do ponto de vista da instrução, devia ser da mais alta qualidade. Apelou também no sentido de que a obra fosse conduzida de tal modo que moços e moças adventistas pudessem obter sua educação médica inteiramente dentro de nossa própria instituição. Isto se tornou a tônica e a palavra de ordem que conduziu ao estabelecimento do Colégio de Médicos Evangelistas. E a declaração da Sra. White de que a instituição em Loma Linda se tornaria líder no campo educacional dirigido pela igreja no Oeste, tem-se cumprido no desenvolvimento da Universidade de Loma Linda. Com este conselho a respeito de Loma Linda, concluímos os artigos desta compilação. CE X 2 Três outros livros de Ellen G. White tratam inteiramente de educação: Educação (1903), Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes (1913) e Fundamentos da Educação Cristã (1923), sendo este último uma compilação póstuma de artigos anteriormente publicados de capítulos de livros. A Sra. White via em Educação um livro cuja circulação alcançaria limites fora dos leitores adventistas -- conceito que se tem tornado realidade mais em terras além-mar do que nos Estados Unidos. CE X 3 Ao buscar os conselhos de Ellen G. White em seus escritos sobre escolas adventistas, seu currículo, normas e trabalho, facilmente se observa que raramente ocorre uma distinção entre os diferentes graus escolares. Tais linhas divisórias não eram então perfeitamente estabelecidas como o são hoje nas instituições educacionais em geral. No que nos diz respeito, a educação elementar veio por último, com uma séria iniciativa tomada na virada do século dezenove. Arthur L. White, Secretário do Patrimônio Literário de Ellen G. White, Número vinte e dois testemunho para a igreja ------------------------Capítulo 1 -- A devida educação CE 1 1 A mais bela obra já empreendida por homens e mulheres, é lidar com espíritos jovens. O máximo cuidado deve ser tomado, na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro a lição do domínio de si mesmos, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. Que importante posição para os pais, tutores e professores! Bem poucos há que compreendam as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira por que devam dirigir o intelecto em desenvolvimento, o pensar e sentir crescentes dos jovens. CE 1 2 Há um tempo para instruir as crianças, e um tempo para educar os jovens; e é essencial que essas duas coisas sejam combinadas em alto grau na escola As crianças podem ser preparadas para o serviço do pecado ou para o serviço da justiça A educação em tenra idade molda-lhes o caráter tanto na vida secular, como na religiosa Diz Salomão: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele." Esta linguagem é positiva. O ensino recomendado por Salomão é dirigir, educar e desenvolver. Para que os pais e mestres façam essa obra, devem eles próprios compreender "o caminho" em que a criança deve andar. Isto abrange mais que mero conhecimento de livros. Envolve tudo quanto é bom, virtuoso, justo e santo. Compreende a prática da temperança, da piedade, bondade fraternal, e amor para com Deus e de uns para com os outros. A fim de atingir esse objetivo, é preciso dar atenção à educação física, mental, moral e religiosa da criança. CE 2 1 A educação da criança, em casa ou na escola, não deve ser como o ensino dos mudos animais; pois as crianças têm vontade inteligente, a qual deve ser dirigida de maneira a reger todas as suas faculdades. Os mudos animais devem ser treinados, pois não possuem razão nem inteligência À mente humana, porém, deve ser ensinado o domínio próprio. Ela deve ser educada a fim de governar o ser humano, ao passo que os animais são governados por um dono, e ensinados a ser-lhe submissos. O dono serve de mente, juízo e vontade para o animal. Uma criança pode ser ensinada de maneira a, como o animal, não ter vontade própria Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, está sujeita à de seu mestre. CE 2 2 As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos. Não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi desafiada para que pudesse expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar, e a sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam exercitadas, e levadas de um a outro grau de vigor, de modo que a mente atinja as devidas proporções. CE 2 3 Muitas são as famílias com crianças que parecem bem educadas enquanto se encontram sob a disciplina; quando, porém, o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Essas crianças estiveram por tanto tempo sob uma regra de ferro, sem permissão de pensar e agir por si mesmas naquilo em que era perfeitamente próprio que o fizessem, que não têm confiança em si mesmas, para procederem segundo seu próprio discernimento, tendo opinião própria. E quando saem de sob a tutela dos pais para agirem por si mesmas, são facilmente levadas pelo discernimento de outros a errôneas direções. Não têm estabilidade de caráter. Não foram deixadas em situação de usarem o próprio juízo na proporção em que isto fosse praticável, e portanto a mente não foi devidamente desenvolvida e avigorada. Foram por tanto tempo inteiramente controladas pelos pais, que dependem totalmente deles; estes são mente e discernimento para elas. CE 3 1 Por outro lado, os jovens não devem ser deixados a pensar e proceder independentemente do juízo de seus pais e mestres. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o juízo da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Devem ser de tal maneira educadas que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, e instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao saírem de sob a mão guiadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. CE 3 2 A rigorosa educação dos jovens, sem lhes dirigir convenientemente o modo de pensar e proceder por si mesmos na medida que o permitam sua capacidade e as tendências da mente, para que assim eles se desenvolvam no pensar, nos sentimentos de respeito por si mesmos e na confiança na própria capacidade de executar, produzirá uma classe débil em força mental e moral. E quando se acham no mundo, para agir por si mesmos, revelarão o fato de que foram ensinados, como os animais, e não educados. Em vez de sua vontade ser dirigida, foi forçada à obediência mediante rude disciplina por parte dos pais e mestres. CE 3 3 Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado, deixariam de gabar-se, caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo despreparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais se encontram sob a direção de pais e mestres, e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea, e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito, e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa Pudessem os instrutores de crianças e jovens ter traçado diante de si o futuro resultado de sua errada disciplina, mudariam seu plano de educação. Essa espécie de professores que se satisfaz com o manter quase inteiro domínio sobre a vontade dos alunos, não é a mais bem-sucedida, embora a aparência no momento seja lisonjeira. CE 4 1 Nunca foi desígnio de Deus que a mente de uma pessoa estivesse sob o completo domínio de outra E os que se esforçam para fazer com que a individualidade de seus alunos venha a imergir na deles, e para lhes servirem de mente, vontade e consciência, assumem tremendas responsabilidades. Esses alunos podem, em certas ocasiões, parecer soldados bem disciplinados. Uma vez, porém, removida a restrição, ver-se-á a falta de ação independente oriunda de firmes princípios neles existentes. Os que tornam seu objetivo educar os alunos de maneira que estes vejam e sintam estar neles próprios o poder de formar homens e mulheres de sólidos princípios, habilitados para qualquer posição na vida, são os mestres mais úteis e de êxito permanente. Talvez sua obra não se mostre ao descuidoso observador sob o aspecto mais vantajoso, nem seja tão altamente apreciada como a dos mestres que dominam a mente e a vontade dos discípulos pela autoridade absoluta; a vida futura dos alunos, porém, manifestará os frutos do melhor sistema de educação. CE 4 2 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração dos educandos. Caso reunissem as crianças bem junto a si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em suas brincadeiras, tornando-se por vezes mesmo uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. CE 5 1 Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos -- amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. Ele precisa ter firmeza de caráter, e então poderá moldar a mente dos alunos, da mesma maneira que os instruir nas ciências. A primeira educação dos pequenos molda-lhes, em geral, o caráter para a vida Os que lidam com os jovens devem ser muito cuidadosos em despertar as qualidades do espírito, a fim de melhor saberem como lhes dirigir as faculdades para serem exercitadas da maneira mais proveitosa. Rigoroso confinamento na escola CE 5 2 O sistema de educação mantido por gerações passadas, tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida Muitas crianças têm passado cinco horas por dia em salas de aula mal ventiladas, sem suficiente largueza para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica em breve envenenado para os pulmões que o inalam. Crianças pequenas, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas adentro, para dano seu. Muitas não têm senão escassa reserva com que começar a vida, e o confinamento na escola dia a dia, torna-as nervosas e doentes. Seu corpo é impedido de crescer em virtude da exausta condição de seu sistema nervoso. E se a lâmpada da vida se apaga, os pais e os mestres não consideram haver tido qualquer influência direta em extinguir a centelha de vida Ao acharem-se junto à sepultura dos filhos, os aflitos pais consideram esse golpe como especial determinação da Providência, quando, por indesculpável ignorância, foi sua própria orientação que destruiu a vida dos filhos. Culpar, pois, a Providência por tais mortes é blasfêmia. Deus queria que os pequeninos vivessem e fossem disciplinados, a fim de poderem possuir belo caráter, glorificando-O neste mundo e louvando-O naquele outro melhor. CE 6 1 Pais e professores, ao assumirem a responsabilidade de ensinar essas crianças, não sentem a obrigação diante de Deus de familiarizar-se com o organismo físico, para que possam cuidar do corpo de seus filhos e alunos de maneira a preservar a vida e a saúde. Milhares de crianças morrem em virtude da ignorância de pais e professores. Há mães que gastam horas e horas em trabalho desnecessário com as suas próprias roupas e as de seus filhos, com o propósito de ostentação, e alegam então que não dispõem de tempo para ler e obter a informação necessária para cuidar da saúde de seus filhos. Acham mais fácil confiar o seu corpo aos cuidados dos médicos. Muitos pais sacrificaram a saúde e a vida dos filhos para estarem de acordo com a moda e os costumes. CE 6 2 Relacionar-se com o maravilhoso organismo humano, os nervos, os músculos, o estômago, o fígado, os intestinos, coração e poros da pele, e compreender a dependência de um órgão para com outro no que respeita ao saudável funcionamento de todos, é assunto em que a maior parte das mães não tem nenhum interesse. Nada sabem da influência do corpo sobre a mente, e desta sobre o corpo. A mente, que liga o finito ao Infinito, elas parecem não compreender. Todo órgão do corpo foi feito para servo da mente. Esta é a capital do corpo. Permite-se às crianças comer carne, especiarias, manteiga, queijo, porco, massas muito temperadas, e condimentos em geral. É-lhes também permitido comer alimentos insalubres a horas irregulares e entre as refeições. Essas coisas fazem sua obra em desarranjar o estômago, excitando os nervos a uma ação fora do natural, e enfraquecendo o intelecto. Os pais não compreendem que estão lançando a semente que há de produzir doença e morte. CE 7 1 Muitas crianças foram arruinadas para a vida em razão de se exigir demais do intelecto e negligenciar fortalecer o físico. Muitos têm morrido na infância devido ao procedimento seguido por pais e professores imprudentes, que forçaram o intelecto, por lisonja ou temor, quando essas crianças eram demasiado tenras para verem o interior de uma escola. A mente foi-lhes sobrecarregada com lições quando não deviam ser forçadas, antes contidas até que a constituição física estivesse suficientemente forte para suportar esforço mental. As criancinhas devem ser deixadas tão livres como cordeiros a correr ao ar livre, soltas e felizes, dando-se-lhes as melhores oportunidades de lançarem bases para uma constituição sadia. CE 7 2 Os pais devem ser os únicos mestres dos filhos até que eles cheguem à idade de oito ou dez anos. Assim que a mente lhes permita compreendê-lo, cumpre aos pais abrir diante deles o grande livro divino da Natureza. A mãe deve ter menos amor pelo artificial em casa e no preparo de vestidos para ostentação, e tomar tempo para cultivar, em si mesma e em seus filhos, o amor dos belos botões e flores a desabrochar. Chamando a atenção dos filhos às diferentes cores e variadas formas, pode relacioná-las com Deus, que fez todas as belas coisas que os atraem e deliciam. Pode elevar-lhes a mente ao Criador, e despertar nos tenros corações a afeição para com o Pai celeste, que manifestou por eles tão grande amor. Os pais podem associar Deus com todas as obras de Sua criação. A única sala de aula para as crianças de oito a dez anos, deve ser ao ar livre, entre as flores a desabrochar e os belos cenários da Natureza, sendo para elas o livro de estudo mais familiar os tesouros da própria Natureza. Estas lições, gravadas na mente das tenras crianças por entre as agradáveis e atrativas cenas campestres, jamais serão esquecidas. CE 7 3 Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade, e músculos e cérebro bem desenvolvidos, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham divertimentos e ocupações bem orientados. Crianças e jovens mantidos na escola e presos aos livros, não podem gozar sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tende a atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com muito pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se os seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. Decadência física da raça CE 8 1 O livro de Gênesis apresenta um relato bem definido da vida social e individual, e, todavia, não temos notícia de alguma criança que nascesse cega, surda, aleijada, deformada ou imbecil. Não é mencionado um só caso de morte natural na infância, meninice ou juventude. Não há relato algum de homens e mulheres vitimados por doenças. Os obituários no livro de Gênesis declaram o seguinte: "Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu." "Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos; e morreu." Com referência a outros, diz o relato: "Morreu em ditosa velhice, avançado em anos." Era tão raro morrer um filho antes de seu pai, que tal acontecimento foi considerado digno de menção: "Morreu Harã, estando Terá, seu pai, ainda vivo." Harã já era pai ao tempo de sua morte. CE 8 2 Deus dotou o homem de tão grande força vital que ele tem resistido ao acúmulo de doenças lançadas sobre a raça em conseqüência de hábitos pervertidos, e tem sobrevivido por seis mil anos. Este fato, por si mesmo, é suficiente para nos mostrar a força e a energia elétrica que Deus conferiu ao homem na criação. Foram necessários mais de dois mil anos de delitos e de condescendência com as paixões inferiores para trazer sobre a raça humana enfermidades físicas em grande escala. Se Adão, ao ser criado, não houvesse sido dotado de vinte vezes maior vitalidade do que os homens possuem agora, a humanidade, com seus presentes métodos de vida que constituem uma violação da lei natural, já estaria extinta. Por ocasião do primeiro advento de Cristo, o gênero humano degenerara tão rapidamente que um acúmulo de doenças pesava sobre aquela geração, suscitando uma torrente de aflição e uma carga de sofrimento indescritível. CE 9 1 Tem-me sido apresentada a deplorável condição do mundo no tempo atual. Desde a queda de Adão, a raça humana tem estado degenerando. Foram-me reveladas algumas das razões da lastimável condição atual de homens e mulheres formados à imagem de Deus. E o sentimento de quanto será necessário fazer para deter, mesmo em pequena escala, a decadência física, mental e moral, fez com que o meu coração ficasse pesaroso e abatido. Deus não criou o gênero humano em sua presente condição debilitada. Este estado de coisas não é obra da Providência, mas, do homem; e tem sido ocasionado por maus hábitos e abusos, pela violação das leis que Deus estabeleceu para governar a existência humana. Cedendo à tentação de satisfazer o apetite, Adão e Eva caíram originalmente de sua condição elevada, santa e feliz. E é por meio da mesma tentação que os homens se têm debilitado. Eles têm permitido que o apetite e a paixão ocupem o trono, mantendo em sujeição a razão e o intelecto. CE 9 2 A violação da lei física e sua conseqüência -- o sofrimento humano -- têm prevalecido por tanto tempo, que homens e mulheres consideram o presente estado de doença, sofrimento, debilidade e morte prematura, como a sorte destinada aos seres humanos. O homem saiu das mãos do Criador perfeito e belo na forma, e de tal modo dotado de força vital que levou mais de mil anos para que os corruptos apetites e paixões, bem como a geral violação da lei física, fossem sensivelmente notados na raça. As gerações mais recentes têm experimentado a pressão da debilidade e da doença mais rápida e rigorosamente a cada geração. As forças vitais têm sido grandemente enfraquecidas pela condescendência com o apetite e as paixões da concupiscência. CE 9 3 Os patriarcas desde Adão até Noé, com poucas exceções, viveram quase mil anos. Depois do tempo de Noé, a duração da vida tem diminuído gradualmente. Os que sofriam de enfermidades eram levados a Cristo de toda cidade, vila e aldeia para serem curados por Ele; pois eram afligidos por toda sorte de doenças. E a doença tem aumentado constantemente através das gerações sucessivas desde aquele período. Em virtude da continuada violação das leis da vida, a mortalidade tem aumentado de modo alarmante. Os anos de vida dos homens têm diminuído a tal ponto, que a geração atual desce à sepultura, antes mesmo da idade em que as gerações que viveram durante os dois primeiros mil anos, após a criação, se lançavam ao campo de ação. CE 10 1 A doença tem sido transmitida de pais a filhos, de geração a geração. Crianças de berço são severamente afligidas por causa dos pecados de seus pais, que reduziram sua força vital. Seus maus hábitos de comer e vestir, e sua dissipação geral, são transmitidos como herança aos filhos. Muitos nascem dementes, deformados, cegos, surdos, e uma classe muito numerosa é deficiente no intelecto. A estranha ausência de princípios que caracteriza esta geração, e que se manifesta no desprezo mostrado às leis da vida e da saúde, é espantosa. Prevalece a ignorância sobre este assunto, embora a luz esteja brilhando por toda parte ao redor deles. A preocupação da maioria, é: Que comerei? Que beberei? e com que me vestirei? A despeito de tudo o que é declarado e escrito acerca do modo em que devemos tratar o corpo, o apetite é a grande lei que governa homens e mulheres em geral. CE 10 2 As faculdades morais são debilitadas porque homens e mulheres não querem viver em obediência às leis da saúde, e fazer deste grande assunto um dever pessoal. Os pais transmitem a seus descendentes seus próprios hábitos pervertidos, e doenças repulsivas corrompem o sangue e debilitam o cérebro. A maioria dos homens e das mulheres permanece na ignorância das leis de seu ser, condescendendo com o apetite e a paixão, com prejuízo do intelecto e da moral; e parecem dispostos a permanecer na ignorância do resultado de sua violação das leis naturais. Satisfazem o pervertido apetite no uso de venenos lentos, que corrompem o sangue e minam as forças nervosas, trazendo, conseqüentemente, doença e morte sobre si. Seus amigos chamam o resultado dessa conduta de dispensação da Providência. Com isto eles insultam o Céu. Rebelaram-se contra as leis da Natureza, e sofreram a punição deste abuso. Sofrimento e mortalidade prevalecem agora em toda a parte, principalmente entre crianças. Quão grande é o contraste entre esta geração e os que viveram durante os dois primeiros mil anos! Importância do ensino no lar CE 11 1 Indaguei se essa torrente de aflição não podia ser evitada, fazendo-se também alguma coisa para salvar os jovens desta geração, da ruína que os ameaça. Foi-me mostrado que uma grande causa do deplorável estado de coisas existente, é que os pais não se sentem na obrigação de criar os filhos em conformidade com as leis físicas. As mães amam os filhos com amor idólatra, e condescendem com o apetite deles quando sabem que isto é nocivo à saúde, trazendo assim sobre eles doenças e infelicidade. Esta cruel bondade manifesta-se em grande escala na geração atual. Os desejos das crianças são satisfeitos à custa da saúde e da boa disposição, porque é mais fácil para a mãe, no momento, satisfazê-las do que negar aquilo que elas reclamam. CE 11 2 Assim semeiam elas próprias a semente que brotará e dará frutos. As crianças não são educadas a renunciar ao apetite e restringir os desejos, e tornam-se egoístas, exigentes, desobedientes, ingratas e profanas. As mães que estão fazendo esta obra colherão com amargura o fruto da semente por elas lançada Pecaram contra o Céu e contra os próprios filhos, e Deus as considerará responsáveis. CE 11 3 Se as gerações passadas tivessem seguido um plano inteiramente diferente com respeito à educação, a juventude desta geração não seria agora tão depravada e inútil. Os diretores e professores das escolas teriam sido pessoas que conhecessem fisiologia e que tivessem interesse, não somente em educar os jovens nas ciências, mas em ensinar-lhes a maneira de conservar a saúde, de modo a empregarem da melhor maneira os conhecimentos, depois de os haverem adquirido. Ligados às escolas deve haver estabelecimentos que desenvolvam vários ramos de trabalho, a fim de os estudantes terem ocupação e o necessário exercício fora das horas de estudo. CE 12 1 O trabalho e os entretenimentos dos alunos deviam ter sido ajustados tendo em vista a lei física, sendo adaptados à conservação do tono saudável de todas as faculdades do corpo e da mente. Então, poderiam obter conhecimentos práticos de ofícios, ao mesmo tempo que vão adquirindo sua instrução literária Os estudantes devem, enquanto na escola, ser despertados em suas sensibilidades morais no que respeita a ver e sentir os direitos que a sociedade tem sobre eles, e que devem viver em obediência às leis naturais, de modo a poderem, por sua vida e influência, por preceito e exemplo, ser de utilidade e uma bênção para a sociedade. A mocidade deve ser impressionada quanto ao fato de exercerem todos uma influência que se faz sentir constantemente na sociedade, seja para melhorar e elevar, ou para rebaixar e degradar. O primeiro estudo dos jovens deve ser conhecerem-se a si mesmos, e conservar o corpo são. CE 12 2 Muitos pais conservam os filhos na escola quase o ano inteiro. Essas crianças seguem maquinalmente a rotina do estudo, mas não retêm o que estudam. Muitos desses estudantes contínuos parecem quase destituídos de vida intelectual. A monotonia do estudo seguido fatiga a mente, e pouco é o interesse que tomam nas lições; e, para muitos, torna-se penosa a aplicação aos livros. Não têm íntimo amor pelo pensar, nem ambição de adquirir conhecimentos. Não estimulam em si mesmos hábitos de reflexão e investigação. CE 12 3 As crianças carecem grandemente de educação apropriada, a fim de virem a ser de utilidade ao mundo. Qualquer esforço, porém, que exalte a cultura intelectual acima da educação moral, é mal orientado. Instruir, cultivar, polir e refinar jovens e crianças, deve ser a principal preocupação de pais e mestres. São poucos os raciocinadores concentrados e os pensadores lógicos, em razão de haverem falsas influências obstado o desenvolvimento do intelecto. A suposição de pais e professores de que o estudo contínuo fortaleceria o intelecto, tem-se demonstrado errônea; pois em muitos casos o efeito tem sido exatamente contrário. CE 13 1 Na educação inicial das crianças, muitos pais e professores deixam de compreender que a primeira atenção precisa ser dada à constituição física, para garantir-se saúde física e mental. Tem sido costume animar crianças a freqüentar a escola quando simples bebês, necessitadas dos cuidados maternos. Numa idade delicada, são freqüentemente metidas em apinhadas salas de aula sem ventilação, onde se sentam em posição incorreta em bancos mal construídos, e, em resultado, as jovens e tenras estruturas de alguns se têm deformado. CE 13 2 A disposição e os hábitos da juventude muito facilmente se manifestam na idade madura. Podeis curvar uma árvore nova em quase qualquer forma que desejardes, e se ela permanecer e crescer como a pusestes, será uma árvore deformada, denunciando sempre o dano e o mau trato recebido de vossas mãos. Podeis, depois de anos de crescimento, procurar endireitá-la, mas todos os esforços se demonstrarão infrutíferos. Ela será sempre uma árvore torta. Tal é o caso com a mente das crianças. Estas devem ser cuidadosa e ternamente educadas na infância. Podem ser exercitadas na devida direção ou em direção errada, e em sua vida futura seguirão aquela em que foram dirigidas na juventude. Os hábitos então formados crescerão cada vez mais e cada vez mais se fortalecerão, e geralmente o mesmo ocorrerá na vida posterior, apenas se tornando sempre mais fortes. CE 13 3 Vivemos numa época em que quase tudo é superficial. Pouca é a estabilidade e firmeza de caráter, porque o ensino e a educação das crianças são superficiais já desde o berço. O caráter delas é formado sobre areia movediça. A abnegação e o domínio próprio não foram entretecidos em seu caráter. Foram amimadas e tratadas complacentemente até ficarem estragadas para a vida prática O amor ao prazer domina as mentes, e as crianças são aduladas e favorecidas para sua ruína. As crianças devem ser de tal modo exercitadas e educadas que possam esperar tentações, e contar com dificuldades e perigos. Deve-lhes ser ensinado o domínio próprio, e a vencerem nobremente as dificuldades; e uma vez que não se precipitem voluntariamente para o perigo, e se coloquem sem necessidade no caminho da tentação, se fugirem às más influências e às companhias viciosas, sendo então, de maneira inevitável, compelidas a estar em perigoso convívio, terão suficiente força de caráter para ficar ao lado do direito e manter o princípio, saindo, no poder de Deus, com sua moral incontaminada. Se os jovens que foram devidamente educados puserem em Deus a confiança, sua força moral resistirá à mais severa prova. CE 14 1 Poucos pais compreendem, porém, que seus filhos são o que o seu exemplo e disciplina deles fizeram, e que são responsáveis pelo caráter desenvolvido pelos filhos. Se o coração dos pais cristãos estivesse sujeito à vontade de Cristo, obedeceriam à recomendação do Mestre divino: "Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Se os que professam seguir a Cristo tão-somente fizessem isto, dariam, não só a seus filhos, mas ao mundo incrédulo, exemplos que representariam corretamente a religião da Bíblia. CE 14 2 Se os pais cristãos vivessem em obediência aos preceitos do Mestre divino, preservariam a simplicidade no comer e no vestir, e viveriam mais de acordo com a lei natural. Não dedicariam então tanto tempo à vida artificial, inventando para si mesmos preocupações e fardos que Cristo não colocou sobre eles, antes ordenou explicitamente que os evitassem. Se o reino de Deus e a Sua justiça constituíssem a primeira e suprema consideração dos pais, bem pouco tempo precioso seria despendido em desnecessários adornos exteriores, enquanto o intelecto dos filhos é quase inteiramente negligenciado. O precioso tempo que muitos pais empregam para vestir os filhos para ostentação em seus locais de entretenimento, seria melhor, muito melhor aplicado no cultivo de sua própria mente, a fim de se tornarem competentes para instruir devidamente os filhos. Não é essencial para sua salvação ou felicidade que eles usem o precioso tempo de graça que Deus lhes concede, em adornar-se, visitar-se e bisbilhotar. CE 15 1 Muitos pais alegam ter tanto o que fazer que não dispõem de tempo para desenvolver o intelecto, educar os filhos para a vida prática ou ensinar-lhes como podem tornar-se cordeiros do rebanho de Cristo. Só por ocasião do juízo final, quando serão decididos os casos de todas as pessoas e os atos de toda a nossa vida expostos à nossa vista em presença de Deus e do Cordeiro e de todos os santos anjos, os pais compreenderão o quase infinito valor do tempo que desperdiçaram. Muitíssimos pais verão então que seu procedimento errôneo determinou o destino de seus filhos. Não só deixaram de assegurar para si mesmos as palavras de louvor do Rei da Glória: "Muito bem, servo bom e fiel; entra no gozo do teu Senhor", mas ouvem ser proferida sobre os seus filhos a terrível sentença: "Apartai-vos!" Isto exclui os seus filhos para sempre das alegrias e glórias do Céu e da presença de Cristo. E sobre eles mesmos é lançada a sentença condenatória: Aparta-te, "servo mau e negligente". Jesus jamais dirá "Muito bem" para os que não fizeram jus a essas palavras por sua vida fiel de abnegação e renúncia para fazer o bem a outros e promover a Sua glória. Os que vivem principalmente para agradar a si mesmos, em vez de fazer o bem a outros, sofrerão infinita perda. CE 15 2 Se os pais pudessem ser despertados para o senso da tremenda responsabilidade que pesa sobre eles na obra de educar os filhos, dedicariam mais tempo à oração, e menos à ostentação desnecessária. Meditariam, estudariam, e orariam fervorosamente a Deus por sabedoria e ajuda divina, para educarem os filhos de tal maneira que desenvolvam caráter aprovado por Deus. Sua preocupação não será como saber educar os filhos para serem louvados e honrados pelo mundo, mas como educá-los para formarem belo caráter que seja aprovado pelo Senhor. CE 16 1 É necessário muito estudo e fervorosa oração por sabedoria celestial para saber como lidar com mentes juvenis; pois muito depende da orientação que os pais conferem à mente e à vontade de seus filhos. Impelir-lhes a mente na direção correta e no tempo certo, é uma obra muitíssimo importante; pois o seu destino eterno poderá depender das decisões tomadas num momento crítico. Quão importante, pois, que a mente dos pais, tanto quanto possível, esteja livre de opressivo e fatigante cuidado com as coisas temporais, a fim de poderem pensar e agir com calma consideração, sabedoria e amor, e tornar a salvação da alma de seus filhos sua primeira e mais alta preocupação! O grande objetivo que os pais devem procurar alcançar para seus queridos filhos deve ser o adorno interior. Os pais não podem permitir que visitas e pessoas estranhas reclamem sua atenção, e, roubando-lhes o tempo, que é o grande capital da vida, impossibilitem que eles ministrem aos filhos, cada dia, a paciente instrução que precisam receber para dar correta orientação à mente em desenvolvimento. CE 16 2 A vida é muito curta para ser esbanjada em diversões inúteis e frívolas, em conversação sem proveito, em adornos desnecessários para ostentação ou em entretenimentos excitantes. Não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar o tempo que Deus nos dá para beneficiar a outros e ajuntar para nós mesmos um tesouro no Céu. O tempo é escasso para o desempenho dos deveres necessários. Devemos reservar tempo para o cultivo de nosso coração e mente, a fim de habilitar-nos para o trabalho de nossa vida Negligenciando estes deveres essenciais e conformando-nos com os hábitos e costumes da sociedade mundana e seguidora da moda, causamos grande dano a nós mesmos e a nossos filhos. CE 16 3 As mães que têm que disciplinar mentes juvenis e formar o caráter de seus filhos, não devem procurar a excitação do mundo a fim de serem alegres e felizes. Têm um trabalho importante na vida, e nem elas nem os seus devem permitir-se despender tempo de modo inútil. O tempo é um dos valiosos talentos que Deus nos confiou e pelo qual nos faz responsáveis. Desperdiçar o tempo é desperdiçar o intelecto. As faculdades mentais são suscetíveis de elevado desenvolvimento. É dever das mães cultivar a mente e conservar puro o coração. Devem aproveitar todos os meios ao seu alcance para aperfeiçoamento intelectual e moral, a fim de estarem preparadas para desenvolver a mente de seus filhos. As que condescendem com a inclinação de estar em companhia de alguém, logo ficarão impacientes se não estiverem fazendo ou recebendo visitas. Tais pessoas não possuem a faculdade de adaptação às circunstâncias. Os indispensáveis e sagrados deveres domésticos parecem comuns e desinteressantes para elas. Não lhes agrada o exame ou a disciplina próprios. A mente anseia pelas variadas e excitantes cenas da vida mundana; os filhos são negligenciados por condescendência com a inclinação; e o anjo relator escreve: "Servos inúteis." Deus não quer que nossa mente seja destituída de um propósito definido, e, sim, que realize o bem nesta vida. CE 17 1 Se os pais se apercebessem de que Deus impõe sobre eles o solene dever de educar os filhos para serem úteis nesta vida; se adornassem o templo interior da alma de seus filhos e filhas para a vida imortal, veríamos uma notável mudança para melhor na sociedade. Então não seria manifestada tão grande indiferença para com a piedade prática, e não seria tão difícil despertar as sensibilidades morais dos filhos para compreenderem os reclamos de Deus a seu respeito. Os pais tornam-se, porém, cada vez mais descuidados na educação de seus filhos nos ramos de utilidade. Muitos pais consentem que os filhos formem maus hábitos e sigam sua própria inclinação, deixando de impressionar-lhes a mente com o perigo de fazerem isso e com a necessidade de serem controlados por princípios. CE 17 2 As crianças freqüentemente iniciam um serviço com entusiasmo, mas, encontrando dificuldade ou cansando-se dele, desejam mudar, e empreender alguma coisa nova Assumem assim diferentes tarefas, enfrentam um pouco de desânimo e desistem; e assim vão passando de uma coisa para outra, sem nada completar. Os pais não devem permitir que os filhos sejam dominados pelo amor à variação. Não devem ocupar-se tanto com outras coisas que não tenham tempo para disciplinar pacientemente as mentes em formação. Algumas palavras de animação ou um pouco de ajuda no momento apropriado podem auxiliá-los a transpor a dificuldade e o desalento, e a satisfação resultante de completarem a tarefa que empreenderam os incentivará a serem mais diligentes. CE 18 1 Muitas crianças, por falta de palavras de encorajamento e de um pouco de ajuda em seus esforços, ficam desanimadas, e mudam de uma coisa para outra Este lamentável defeito as acompanha por toda a vida. Deixam de fazer com êxito tudo aquilo em que se empenham, porque não aprenderam a perseverar sob circunstâncias desalentadoras. Assim, a vida inteira de muitos se torna um fracasso, pois não tiveram uma disciplina correta quando eram pequenos. A educação recebida na infância e na juventude afeta toda a sua carreira na vida adulta, e sua experiência religiosa sofre um estigma correspondente. Trabalho físico para estudantes CE 18 2 Com o atual sistema de educação, abre-se a porta da tentação para os jovens. Conquanto, em geral, eles tenham demasiadas horas de estudo, dispõem de muitas horas sem ter o que fazer. Esses períodos de lazer são passados freqüentemente de modo descuidado. O conhecimento de maus hábitos é comunicado de uma pessoa para a outra, e o vício aumenta consideravelmente. Muitíssimos jovens que foram instruídos religiosamente no lar e que partem para as escolas relativamente inocentes e virtuosos, são corrompidos pela associação com companheiros depravados. Perdem o respeito próprio e sacrificam nobres princípios. Acham-se então preparados para seguir a trilha descendente; pois abusaram tanto da consciência que o pecado não mais se afigura tão excessivamente perverso. Tais males existentes nas escolas dirigidas de acordo com o sistema atual, poderiam ser corrigidos em grande parte se o estudo fosse combinado com o trabalho. Os mesmos males existem nas escolas superiores, só que em maior grau; pois muitos jovens se educaram no vício, e sua consciência está cauterizada. CE 19 1 Muitos pais exageram a firmeza e as boas qualidades de seus filhos. Não parecem considerar que serão expostos às enganadoras influências de jovens corruptos. Os pais têm os seus receios ao enviá-los à escola, a certa distância de casa, mas alimentam a ilusão de que, tendo recebido bons exemplos e instrução religiosa, eles serão fiéis aos princípios em sua vida estudantil. Muitos pais têm apenas uma vaga idéia da extensão que a licenciosidade assume nessas instituições de ensino. Em muitos casos, os pais labutaram arduamente e sofreram numerosas privações com o acariciado propósito de fazer com que os filhos obtivessem uma educação esmerada E depois de todos esses esforços, muitos passam pela amarga experiência de receber os filhos de volta de seu curso de estudos com hábitos dissolutos e constituição física arruinada E com freqüência são desrespeitosos a seus pais, ingratos e profanos. Esses pais maltratados, que são recompensados dessa maneira por filhos ingratos, lamentam haverem-nos enviado para lá, a fim de serem expostos a tentações e voltarem para eles como destroços físicos, mentais e morais. Com esperanças frustradas e coração quase dilacerado, vêem os filhos, de quem tanto esperavam, seguindo o caminho do vício e levando uma existência miserável. CE 19 2 Existem, porém, os que possuem princípios firmes, que correspondem às expectativas dos pais e professores. Atravessam o curso de estudos com a consciência limpa, e saem de lá com boa constituição física e moral incontaminada por influências corruptoras. O seu número, porém, é pequeno. CE 19 3 Alguns estudantes dedicam-se inteiramente aos estudos e concentram toda a atenção no objetivo de obter educação. Exercitam o cérebro, mas permitem que as faculdades físicas permaneçam inativas. O cérebro é sobrecarregado, e os músculos se debilitam pelo fato de não serem exercitados. Quando tais estudantes se formam, é evidente que adquiriram sua educação à custa da vida. Estudaram dia e noite, ano após ano, mantendo a mente em contínuo estado de tensão, mas não exercitaram suficientemente os músculos. Sacrificaram tudo pelo conhecimento de ciências, e descem à sepultura. CE 20 1 As moças freqüentemente se entregam ao estudo, em detrimento de outros ramos de educação mais importantes para a vida prática do que o estudo de livros. E depois de adquirirem sua educação, amiúde ficam inválidas por toda a vida. Negligenciam a saúde permanecendo muito tempo em recintos fechados, destituídos do ar puro do céu, e da luz solar dada por Deus. Essas jovens poderiam ter saído com saúde de suas escolas, se houvessem ligado os estudos a trabalhos domésticos e exercícios ao ar livre. CE 20 2 A saúde é um grande tesouro. É a mais valiosa posse concedida aos mortais. Riqueza, honra ou cultura custam muito caro se forem adquiridas a expensas do vigor da saúde. Nenhuma dessas consecuções pode trazer felicidade, se não houver saúde. É um terrível pecado abusar da saúde que Deus nos deu; pois todo abuso dessa natureza debilita a nossa vida e constitui um prejuízo, mesmo que obtenhamos toda a educação possível. CE 20 3 Em muitos casos os pais ricos não vêem a importância de dar a seus filhos educação nos deveres práticos da vida como o fazem em relação às ciências. Não sentem a necessidade de, para o bem do intelecto e da moral dos filhos, e para sua futura utilidade, dar-lhes um conhecimento cabal do trabalho útil. É esta uma obrigação que têm para com os filhos, a fim de que, se lhes chegarem reveses, possam manter-se com nobre independência, sabendo como fazer uso das mãos. Se têm um capital de vigor, não podem ser pobres, ainda que não possuam um centavo. Muitos que na juventude se achavam em circunstâncias favoráveis, podem ficar despojados de todas as suas riquezas, e com pais, irmãos e irmãs para manter. Quão importante é, pois, que a todo jovem se ensine a trabalhar, a fim de que possa estar preparado para qualquer emergência! As riquezas são uma verdadeira maldição, quando os seus possuidores deixam que elas sejam um impedimento para os filhos e filhas obterem o conhecimento de algum trabalho útil que os habilite para a vida prática. CE 20 4 Os que não são compelidos a trabalhar, com freqüência não fazem suficiente exercício ativo para terem saúde física. Jovens, por não ocuparem a mente e as mãos em trabalho ativo, adquirem hábitos de indolência, e obtêm amiúde o que é mais espantoso ainda: uma educação de rua, o vício de perambular pelas lojas, fumar, beber e jogar cartas. CE 21 1 Algumas jovens querem ler novelas, escusando-se de fazer trabalho ativo por terem saúde delicada. Sua debilidade é conseqüência da falta de exercitarem os músculos que Deus lhes deu. Crêem que são demasiado débeis para realizar trabalhos domésticos, mas fazem crochê e rendas, e preservam a delicada palidez das mãos e do rosto, ao passo que suas mães sobrecarregadas trabalham penosamente para lavar e passar seus vestidos. Estas jovens não são cristãs, pois transgridem o quinto mandamento. Não honram a seus pais. A mãe leva, porém, a maior culpa. Satisfez o desejo das filhas e eximiu-as de partilharem dos deveres domésticos, até o trabalho tornar-se desagradável para elas, e amam e desfrutam uma ociosidade doentia. Comem, dormem, lêem novelas e falam de modas, ao passo que sua vida é inútil. CE 21 2 A pobreza, em muitos casos, é uma bênção; pois evita que os jovens e as crianças sejam arruinados pela inatividade. Tanto as faculdades físicas como as mentais devem ser cultivadas e desenvolvidas devidamente. O primeiro e constante cuidado dos pais deve ser o de ver que os filhos tenham constituição vigorosa, para que possam ser homens e mulheres sadios. É impossível alcançar este objetivo sem exercício físico. Para sua própria saúde física e bem moral, as crianças devem ser ensinadas a trabalhar, mesmo que a necessidade não o requeira. Se querem ter caráter puro e virtuoso, devem gozar da disciplina de um trabalho bem regulado, que ponha em atividade todos os músculos. A satisfação das crianças por serem úteis e praticarem atos de abnegação para ajudar a outros, será o prazer mais salutar que já experimentaram. Por que deveriam os ricos privar a si mesmos e a seus queridos filhos desta grande bênção? CE 21 3 Pais, a inatividade é a maior maldição que já caiu sobre os jovens. Não deveis permitir que vossas filhas permaneçam na cama até tarde, deixando que o sono dissipe as preciosas horas que Deus lhes concedeu para serem dedicadas aos melhores fins e pelas quais terão de prestar contas a Ele. A mãe causa um grande dano às filhas levando as cargas que deveriam partilhar com ela para seu próprio bem presente e futuro. A conduta seguida por muitos pais ao permitir que os filhos sejam indolentes e satisfaçam seu desejo de ler novelas, incapacita-os para a vida real. A leitura de ficção e novelas é o maior mal a que podem entregar-se os jovens. As leitoras de novelas e histórias de amor sempre deixam de ser mães boas e práticas. Elas constroem castelos no ar, e vivem num mundo irreal e imaginário. Tornam-se sentimentais e têm concepções doentias. Sua vida artificial tende a arruiná-las para tudo o que é útil. Têm a inteligência diminuída, embora nutram a ilusão de serem superiores em mentalidade e atitudes. Empenhar-se nos afazeres domésticos é o que há de mais vantajoso para as moças. CE 22 1 O trabalho físico não impedirá o cultivo do intelecto. Longe disso. As vantagens obtidas pelo trabalho físico darão equilíbrio à pessoa e impedirão que se sobrecarregue a mente. O trabalho atuará sobre os músculos e aliviará o cérebro cansado. Há muitas jovens apáticas e inúteis que consideram pouco feminino ocuparem-se em trabalho ativo. Mas o seu caráter é por demais transparente para enganar a pessoas sensatas no tocante à sua verdadeira inutilidade. Elas riem sem causa, e tudo nelas é afetação. Parecem não poder pronunciar as palavras claramente e com propriedade, mas deturpam tudo o que dizem com balbucios e risadinhas tolas. São elas damas? Não nasceram tolas, mas a educação as tornou assim. Não se requer uma coisa frágil, impotente, adornada com exagero e que ri tolamente para fazer uma dama. É necessário um corpo são para ter um intelecto são. Saúde física e um conhecimento prático de todos os deveres domésticos necessários jamais constituirão um obstáculo para um intelecto bem desenvolvido; ambos são grandemente importantes para uma senhora. CE 22 2 Todas as faculdades da mente devem ser postas em uso e desenvolvidas, a fim de que os homens e as mulheres tenham uma mente bem equilibrada. O mundo está cheio de homens e mulheres unilaterais, que ficaram assim porque uma parte de suas faculdades foi cultivada, ao passo que outras foram diminuídas pela inação. A educação da maioria dos jovens é um fracasso. Estudam em demasia, ao passo que negligenciam o que diz respeito à vida prática Homens e mulheres tornam-se pais e mães sem considerar suas responsabilidades, e sua descendência desce mais baixo do que eles na escala da deficiência humana. Deste modo a espécie degenera rapidamente. A aplicação constante ao estudo, segundo a maneira em que as escolas são agora dirigidas, está incapacitando a juventude para a vida prática A mente humana precisa ter atividade. Se não estiver ativa na direção certa, estará ativa na direção errada. A fim de conservá-la em equilíbrio, o trabalho e o estudo devem estar unidos nas escolas. CE 23 1 Deveriam ter sido tomadas providências nas gerações passadas para uma obra educacional em maior escala Relacionados com as escolas, deveria ter havido estabelecimentos de manufatura e de agricultura, como também professores de trabalhos domésticos. E uma parte do tempo diário deveria ter sido dedicada ao trabalho, de modo que as faculdades físicas e mentais pudessem exercitar-se igualmente. Se as escolas se houvessem estabelecido de acordo com o plano que mencionamos, não haveria agora tantas mentes desequilibradas. CE 23 2 Deus preparou um belo jardim para Adão e Eva Proveu-os de tudo quanto exigiam suas necessidades. Plantou para eles árvores frutíferas de toda a espécie. Com mão liberal circundou-os de Suas mercês. As árvores para utilidade e adorno, e as lindas flores, que brotavam espontaneamente e cresciam em rica profusão ao redor deles, deviam ignorar a degeneração. Adão e Eva eram ricos de fato. Possuíam o Éden. Adão era senhor em seu belo domínio. Ninguém pode contestar o fato de que ele foi rico. Deus sabia, porém, que Adão não podia ser feliz sem ocupação. Deu-lhe portanto algo para fazer; devia cultivar o jardim. CE 23 3 Se os homens e as mulheres deste século degenerado possuem grande soma de tesouro terrestre -- que comparado com o Paraíso de beleza e opulência dado à soberania de Adão é insignificante -- julgam-se eximidos do trabalho, e ensinam os filhos a considerá-lo como degradante. Esses pais abastados, por preceito e exemplo, ensinam a seus filhos que o dinheiro é o que faz o cavalheiro ou a dama. Mas o nosso conceito do que seja um cavalheiro ou uma dama se mede por seu valor intelectual e moral. Deus não avalia pelo vestuário. A exortação do inspirado apóstolo Pedro é: "Não seja o adorno [delas] o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus." Um espírito manso e tranqüilo é exaltado acima da honra ou das riquezas do mundo. CE 24 1 O Senhor ilustra Sua avaliação dos ricos segundo o mundo, almas que se envaidecem por motivo de suas posses terrenas, pelo homem rico que destruiu os seus celeiros e edificou outros maiores, para ter onde guardar os seus bens. Olvidando a Deus, deixou de reconhecer de onde procediam todas as suas posses. Nenhum agradecimento ascendeu a seu amável Benfeitor. Ele felicitava a si mesmo dizendo: "Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come e bebe, e regala-te." O Mestre, que lhe havia confiado riquezas terrenas para que beneficiasse com elas a seu próximo e glorificasse a seu Criador, irou-Se com justiça pela ingratidão dele, e disse: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus." Temos aqui uma ilustração de como o Deus infinito avalia o homem. Imensa fortuna ou qualquer grau de riqueza não assegurará o favor de Deus. Todas essas munificências e bênçãos procedem dEle, a fim de provar e desenvolver o caráter do homem. CE 24 2 Os homens podem ter riquezas sem limites; contudo, se não são ricos para com Deus, se não têm interesse em obter para si o tesouro celestial e a sabedoria de origem divina, são considerados loucos por seu Criador, e nós os colocamos precisamente onde Deus os coloca. O trabalho é uma bênção. Não é possível desfrutar saúde sem trabalho. É preciso exercitar todas as faculdades para que se desenvolvam devidamente e para que tanto os homens como as mulheres possuam uma mente bem equilibrada. Se os jovens houvessem recebido uma educação cabal nos diversos ramos de trabalho, se lhes tivessem ensinado o trabalho bem como as ciências, sua educação teria sido mais vantajosa para eles. CE 25 1 A constante tensão do cérebro enquanto os músculos se mantêm inativos debilita os nervos, e por isso os estudantes têm um desejo quase irresistível de variação e de diversões excitantes. E quando se vêem livres, depois de um confinamento de diversas horas de estudo diário, parecem quase selvagens. Muitos jamais foram controlados em casa. Permitiu-se-lhes seguir as inclinações, e crêem que a restrição das horas de estudo é uma imposição severa. Não tendo nada que fazer depois dessas horas, Satanás lhes sugere os jogos e as travessuras como variação. Sua influência sobre outros estudantes é desmoralizadora. Os que gozaram no lar dos benefícios do ensino religioso e que ignoravam os vícios da sociedade, chegam a ser com freqüência os que mais se relacionam com aqueles cuja mente se conformou a um molde inferior e cujas oportunidades de adquirir cultura mental e preparação religiosa foram muito limitadas. Acham-se em perigo, ao imiscuir-se com companhias dessa espécie, e ao respirar uma atmosfera que não é enobrecedora, mas, pelo contrário, tende a rebaixar e degradar a moralidade, de descer ao mesmo nível que seus companheiros. O deleite de um grande número de estudantes é divertir-se nas horas livres. E muitíssimos dos que deixam o lar inocentes e puros tornam-se corruptos por influência de seus companheiros de escola. CE 25 2 Sou levada a perguntar: Deve-se sacrificar tudo o que é valioso em nossos jovens a fim de dar-lhes uma educação colegial? Se tivesse havido estabelecimentos agrícolas e industriais ligados a nossas escolas, e se houvessem sido empregados professores competentes para educar os jovens nos diversos ramos de estudo e de trabalho, dedicando parte do tempo diário ao aperfeiçoamento mental e outra parte ao trabalho físico, haveria agora uma classe mais elevada de jovens a entrar em cena e a exercer influência na modelação da sociedade. Muitos dos jovens que se graduassem em tais instituições sairiam de lá com estabilidade de caráter. Teriam perseverança, fortaleza e coragem para sobrepor-se aos obstáculos, e nobres princípios que não os deixariam ser desviados por más influências, por mais populares que fossem. Deveria ter havido professoras experientes para dar aulas às jovens no departamento culinário. As moças deveriam ter aprendido a confeccionar roupas, a cortar, fazer e consertar artigos de vestuário, instruindo-se assim nos deveres práticos da vida. CE 26 1 Deveria haver estabelecimentos em que os jovens pudessem aprender diversos ofícios, que pusessem em atividade tanto os músculos como as faculdades mentais. Se os jovens não podem adquirir mais que uma educação unilateral, qual é mais importante: o conhecimento das ciências, com todas as suas desvantagens para a saúde e a vida, ou a aprendizagem do trabalho para a vida prática? Respondemos sem titubear: O último. Se um deles tiver de ser abandonado, que o seja o estudo dos livros. CE 26 2 Há muitas jovens casadas e com filhos, que possuem bem pouco conhecimento prático dos deveres pertinentes a uma esposa e mãe. Lêem e sabem tocar um instrumento musical, mas não sabem cozinhar. Não sabem fazer um bom pão, tão essencial para a saúde da família. Não sabem cortar e confeccionar vestidos, pois nunca aprenderam a fazê-lo. Consideravam estas coisas sem importância, e em sua vida de casadas dependem tanto de alguma outra pessoa que realize estas coisas para elas, como seus próprios filhinhos. É esta indesculpável ignorância no tocante aos deveres mais imprescindíveis da vida que torna infelizes a muitíssimas famílias. CE 26 3 O conceito de que o trabalho é degradante para a vida social levou para a sepultura a milhares que poderiam haver vivido. Os que fazem unicamente trabalho manual, labutam com freqüência em excesso, sem períodos de descanso; ao passo que a classe intelectual sobrecarrega o cérebro e sofre por falta do saudável vigor proporcionado pelo trabalho físico. Se a classe intelectual quisesse partilhar até certo ponto do fardo da classe operária, fortalecendo assim os músculos, a classe operária poderia fazer menos e dedicar uma parte de seu tempo à cultura mental e moral. Os que se ocupam em atividades sedentárias e literárias devem fazer exercício físico, mesmo que não necessitem trabalhar para viver. A saúde deve ser um incentivo suficiente para induzi-los a unir o trabalho físico ao mental. CE 27 1 A cultura moral, intelectual e física deve ser combinada a fim de produzir homens e mulheres bem desenvolvidos e equilibrados. Alguns estão habilitados para realizar maior esforço intelectual que outros, ao passo que há pessoas inclinadas a amar e desfrutar o trabalho físico. Ambas essas classes devem procurar corrigir suas deficiências, para poderem apresentar a Deus todo o ser, como sacrifício vivo, santo e agradável, que é o seu culto racional. Os hábitos e costumes da sociedade amiga da moda não devem regular o seu modo de ação. O inspirado apóstolo Paulo acrescenta: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." CE 27 2 A mente de homens pensantes trabalha demasiado. Freqüentemente eles usam suas faculdades mentais prodigamente, ao passo que há uma outra classe cujo mais elevado alvo na vida é o trabalho físico. Esta última classe não exercita a mente. Seus músculos são postos em atividade, enquanto o cérebro é privado de força intelectual, do mesmo modo que a mente dos pensadores é posta a trabalhar, enquanto o corpo é fraudado em força e vigor por negligenciarem o exercício dos músculos. Os que se contentam em devotar a vida ao trabalho físico, e deixam que outros façam por eles a parte mental, enquanto simplesmente levam a cabo o que outros cérebros planejaram, terão força muscular, mas intelecto deficiente. Sua influência para o bem é pequena em comparação com o que poderiam fazer se usassem o cérebro como usam os músculos. Esta classe é vencida mais prontamente se atacada por enfermidade, visto que o organismo é vitalizado pela força elétrica do cérebro para resistir a doenças. CE 28 1 Homens que têm boas faculdades físicas deviam educar-se para pensar bem como para agir, e não ficar na dependência de que outros sejam cérebros para eles. É erro popular por parte de uma grande classe considerar o trabalho coisa degradante. Daí que os jovens se mostram ansiosos por educar-se a fim de se tornarem professores, clérigos, comerciantes, advogados, de modo que possam ocupar praticamente qualquer posição que não requeira esforço físico. Moças consideram o trabalho doméstico como amesquinhante. E embora o exercício físico requerido na realização de trabalho caseiro, desde que não demasiado severo, destine-se a promover a saúde, preferem buscar a educação que as habilite como professoras ou secretárias, ou aprender alguma profissão que as confine ao trabalho sedentário dentro de uma sala O colorido da saúde desaparece-lhes das faces e tornam-se vítimas da enfermidade, pois têm falta de exercício físico e pervertem os seus hábitos em geral. Tudo isto porque é moda! Apreciam a vida delicada, que debilita e arruína. CE 28 2 Na verdade, existem alguns motivos para que as jovens não decidam empregar-se em trabalhos domésticos, pois os que contratam pessoas para cozinheira, tratam-nas geralmente como servas. Seus patrões, com freqüência, não as respeitam e lidam com elas como se fossem indignas de ser membros de sua família. Não lhes dão os privilégios que concedem à costureira, à datilógrafa e à professora de música. Mas não pode haver melhor ocupação que os trabalhos domésticos. Cozinhar bem, apresentar sobre a mesa alimentos saudáveis, de maneira atraente, requer inteligência e experiência. A pessoa que prepara o alimento a ser introduzido em nosso estômago a fim de converter-se em sangue para nutrir o organismo, ocupa uma posição muito importante e elevada. A posição de datilógrafa, costureira ou professora de música não pode igualar-se em importância à da cozinheira. CE 28 3 O que se disse acima é uma afirmação do que poderia ter sido feito mediante um sistema de educação apropriado. O tempo é agora demasiado curto para levar a cabo o que poderia ter sido realizado nas gerações passadas; mas podemos fazer muito, mesmo nestes últimos dias, para corrigir os males existentes na educação da juventude. E visto que o tempo é curto, devemos ser fervorosos e trabalhar zelosamente para dar aos jovens a educação compatível com nossa fé. Somos reformadores. Desejamos que nossos filhos estudem com o maior proveito. A fim de realizar isto é necessário dar-lhes uma ocupação que ponha os músculos em atividade. O trabalho diário e sistemático deve constituir uma parte da educação dos jovens, mesmo nesta época tardia Pode-se ganhar muito agora associando-se o trabalho com as escolas. Seguindo este plano, os estudantes adquirirão elasticidade de espírito e vigor de pensamento, e serão capazes de executar mais trabalho mental, em determinado tempo, do que o fariam estudando somente. E poderão sair da escola com a constituição física inalterada, e com força e coragem para perseverar em qualquer posição que lhes for designada pela providência divina. CE 29 1 Visto que o tempo é breve, devemos labutar com diligência e redobrada energia. Nossos filhos talvez não ingressem numa escola superior, mas podem obter educação nos ramos essenciais que sejam aplicados depois na vida prática e que darão cultura à mente e exercício a suas faculdades. Muitíssimos jovens que fizeram um curso superior não obtiveram aquela educação verdadeira que pudessem pôr em uso na vida prática Talvez tenham a fama de possuir educação superior, mas, em realidade, são apenas ignorantes educados. CE 29 2 Há muitos jovens cujos serviços Deus aceitaria se se consagrassem a Ele sem reservas. Caso empregassem no serviço de Deus as faculdades mentais que usam para seu próprio serviço e para adquirir bens materiais, seriam obreiros fervorosos, perseverantes e de êxito na vinha do Senhor. Muitos de nossos jovens deviam voltar a atenção para o estudo das Escrituras, para que Deus possa usá-los em Sua causa Não se tornam, porém, tão versados no conhecimento espiritual como nas coisas temporais; deixam, portanto, de realizar a obra de Deus que poderiam fazer de maneira aceitável. Há tão-somente uns poucos para admoestar os pecadores e ganhar almas para Cristo, quando deveria haver muitos. Nossos jovens geralmente são sábios em assuntos mundanos, mas não são entendidos no tocante às coisas do reino de Deus. Poderiam concentrar a mente num conduto celestial, divino, e andar na luz, avançando de um grau de luz e poder a outro, até conseguir trazer pecadores a Cristo e dirigir os incrédulos e desalentados a uma brilhante senda voltada para o Céu. E quando a luta houver terminado, poderiam receber as boas-vindas para o gozo de seu Senhor. CE 30 1 Os jovens não devem ocupar-se na obra de explicar as Escrituras e fazer preleções sobre as profecias, quando não conhecem a fundo as importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outros. Podem ser deficientes nos ramos comuns de educação e deixar, portanto, de realizar o bem que conseguiriam fazer se houvessem desfrutado as vantagens de uma boa escola A ignorância não aumenta a humildade ou a espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina podem ser melhor apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser melhor glorificado por aqueles que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a usar as faculdades que Deus nos deu, de tal maneira que exponha melhor a religião da Bíblia e promova a glória de Deus. CE 30 2 Somos devedores Àquele que nos deu a existência, de todos os talentos que nos foram confiados; e temos o dever para com nosso Criador de cultivar e aperfeiçoar os talentos que Ele confiou a nosso cuidado. A educação disciplinará a mente, desenvolverá suas faculdades e as dirigirá de modo inteligente, para que sejamos úteis em promover a glória de Deus. Necessitamos de uma escola na qual aqueles que entram no ministério possam pelo menos receber instrução nos ramos comuns de educação, e onde aprendam também com mais perfeição as verdades da Palavra de Deus para este tempo. Em conexão com estas escolas deve haver preleções sobre as profecias. Os que realmente possuem boas aptidões que Deus aceitará para o trabalho em Sua vinha, receberiam grande benefício de uma instrução de apenas alguns meses em tais escolas. ------------------------Capítulo 2 -- Perigos e deveres em relação á juventude CE 31 1 Julgavas da mais alta importância obter uma educação científica. Não há virtude na ignorância, e não é certo que necessariamente os conhecimentos atrofiem o crescimento cristão; se, porém, tu os buscares dirigido por princípios, tendo em vista o objetivo certo e sentindo tua obrigação para com Deus, de usares tuas faculdades para bem dos outros e para promoveres a Sua glória, os conhecimentos te ajudarão a alcançar esse fim; isso te ajudará a pores em exercício as faculdades que Deus te concedeu e empregá-las em Seu serviço. CE 31 2 Mas, jovens, se, embora alcanceis muito conhecimento, deixardes de pôr em uso prático esse conhecimento, deixareis de alcançar seu objetivo. Se, ao obterdes educação, vos tornardes tão absortos em vossos estudos que negligencieis a oração e os privilégios religiosos, tornando-vos descuidosos e indiferentes quanto ao bem-estar de vossa alma, se deixardes de aprender na escola de Cristo, estareis vendendo vossos direitos de primogenitura por um guisado de lentilhas. O objetivo pelo qual estais adquirindo educação não deve ser perdido de vista, por um momento sequer. Deve ser: Aperfeiçoar e dirigir vossas faculdades de modo a vos tornardes mais úteis e serdes uma bênção a outrem, até ao limite de vossa capacidade. Se, ao obter conhecimentos, aumentardes vosso amor a vós mesmos e vossa tendência a recusar-vos assumir responsabilidades, será melhor que desistais de educar-vos. Se amardes e idolatrardes os livros, permitindo que se interponham entre vós e vossos deveres, de modo que vos sintais relutantes em abandonar vossos estudos e vossas leituras, para fazer um trabalho necessário, que alguém terá que fazer, deveis então restringir vosso desejo de estudar, e cultivar o amor ao fazer os trabalhos em que não tendes interesse agora Quem for fiel no pouco, será também fiel nas grandes realizações. -- Testimonies for the Church 3:223, 224. ------------------------Capítulo 3 -- Nosso colégio CE 32 1 A educação e preparo da juventude é uma obra importante e solene. O grande objetivo a alcançar deve ser o adequado desenvolvimento do caráter, de modo que o indivíduo esteja corretamente habilitado para desempenhar os deveres da vida presente e entrar afinal na imortal vida futura. A eternidade revelará a maneira em que a obra tem sido feita. Se ministros e professores tivessem plena consciência de suas responsabilidades, veríamos um diferente estado de coisas no mundo hoje. Mas eles são demasiado estreitos em seus pontos de vista e propósitos. Não compreendem a importância do seu trabalho ou os seus resultados. CE 32 2 Deus não poderia fazer pelo homem mais do que fez ao dar o Seu amado Filho, nem poderia fazer menos e ainda assim garantir a redenção do homem e manter a dignidade da lei divina. Ele derramou em nosso benefício todo o tesouro do Céu, pois ao dar o Seu Filho abriu para nós os portões dourados do Céu, fazendo um infinito dom àqueles que aceitarem o sacrifício e voltarem à obediência a Deus. Cristo veio ao nosso mundo com amor em Seu coração, tão amplo quanto a eternidade, propondo-Se fazer do homem o herdeiro de todas as Suas riquezas e glória. Neste ato Ele desvelou ao homem o caráter de Seu Pai, mostrando a cada ser humano que Deus pode ser justo e ainda assim justificador daquele que tem fé em Jesus. CE 32 3 A Majestade do Céu não Se agradou a Si mesma Fosse o que fosse que fizesse era em consideração à salvação do homem. O egoísmo em todas as suas formas via-se repreendido em Sua presença Ele assumiu nossa natureza para poder sofrer em nosso lugar, fazendo de Sua alma uma oferta pelo pecado. Foi ferido de Deus e afligido para salvar o homem do golpe que ele merecia em virtude da transgressão da lei de Deus. Pela luz que da cruz refulge, Cristo Se propôs atrair todos os homens a Si. Seu humano coração afligia-Se pela humanidade. Seus braços estavam abertos para recebê-los; e convidou a todos para que a Ele viessem. Sua vida na Terra foi um ato contínuo de abnegação e condescendência. CE 33 1 Visto como o homem custou tanto ao Céu, isto é, o preço do amado Filho de Deus, quão cuidadosos devem os pastores, professores e pais ser no trato das almas que foram levadas sob sua influência! É uma bela obra, tratar com mentes, e deve-se cumpri-la com temor e tremor. Os educadores da juventude devem manter perfeito domínio próprio. Destruir a influência de alguém sobre uma alma humana, pela impaciência ou para manter indevida dignidade e supremacia, é um terrível erro, pois pode ser o meio de perder para Cristo essa alma. As mentes juvenis podem tornar-se tão deformadas por uma orientação imprudente, que o dano causado pode nunca mais ser vencido completamente. A religião de Cristo deve ter uma influência controladora sobre a educação e preparo dos jovens. O exemplo do Salvador, de abnegação, bondade universal e longânimo amor, é uma repreensão aos pastores e professores impacientes. Ele pergunta a esses instrutores impetuosos: "É esta a maneira em que tratais as almas pelas quais dei Minha vida? Não tendes em maior estima o infinito preço que paguei por sua redenção?" CE 33 2 Todos os que estiverem ligados a nosso colégio devem ser homens e mulheres que tenham diante de si o temor de Deus e Seu amor no coração. Devem tornar sua religião atraente aos jovens que estiverem dentro de sua esfera de influência. Os professores devem constantemente sentir sua dependência de Deus. Sua obra está neste mundo, mas sua Fonte de sabedoria e conhecimento, da qual precisam tirar de contínuo, está no alto. O eu não deve predominar. O Espírito de Deus precisa controlar. Devem andar humildemente com Deus e sentir sua responsabilidade, que não é menor que a do ministro. A influência que os professores exercem sobre a juventude em nosso colégio será conduzida aonde quer que esses jovens forem. Uma sagrada influência deve partir deste colégio para fazer face às trevas morais presentes por toda parte. Quando me foi mostrado pelo anjo de Deus que uma instituição devia ser estabelecida para educação de nossos jovens, vi que este seria um dos maiores meios ordenados por Deus para a salvação de almas. CE 34 1 Os que esperam ter sucesso na educação dos jovens devem aceitá-los como são, não como deviam ser nem como serão quando saírem de sob sua instrução. Estarão sob prova com estudantes lentos, e precisam suportar com paciência sua ignorância. Precisam tratar terna e bondosamente com estudantes sensíveis, nervosos, lembrando que terão no futuro de enfrentar os seus estudantes diante do tribunal de Cristo. O senso de suas próprias imperfeições deve levar constantemente o educador a abrigar sentimentos de terna simpatia e perdão em relação àqueles que estão lutando com as mesmas dificuldades. Eles podem ajudar os seus estudantes, não por relevar-lhes os defeitos, mas por fielmente corrigir ao que erra, de tal modo que o reprovado se ligue ainda mais ao coração do professor. CE 34 2 Deus uniu velhos e jovens pela lei da mútua dependência Os educadores da juventude devem mostrar altruístico interesse pelos cordeiros do rebanho, conforme o exemplo que Cristo deu em Sua vida. Há muito pouca terna piedade, e demasiado da empertigada dignidade do juiz severo. Justiça exata e imparcial deve ser distribuída a todos, pois a religião de Jesus requer isto; mas deve-se lembrar sempre que a firmeza e a justiça têm uma irmã, que é a misericórdia Manter-se a distância dos estudantes, tratá-los com indiferença, mostrar-se inabordável, ríspido, censor, é contrário ao espírito de Cristo. CE 34 3 Precisamos individualmente abrir o coração ao amor de Deus, vencer o egoísmo e a dureza, e deixar que Jesus tome posse da alma. O educador dos jovens fará bem em lembrar que com todas as vantagens de sua idade, educação e experiência, ainda não é um perfeito vencedor; de si mesmo está errando sempre e cometendo muita falha. Do modo como Cristo trata com ele, deve ele procurar tratar com os jovens sob seus cuidados, os quais tiveram menores vantagens e ambiente menos favorável do que ele, o professor, desfrutou. Cristo tem tolerado o que erra, em toda a sua manifesta perversidade e rebelião. O Seu amor pelo pecador não esfriou, os Seus esforços não cessaram, e Ele não o abandonou aos açoites de Satanás. Permanece com os braços abertos para receber de novo o errante, o rebelde e até mesmo o apóstata. Por preceito e exemplo, devem os professores representar a Cristo na educação e preparo dos jovens; e no dia do juízo não serão sujeitados a vergonha ao enfrentar os seus estudantes e a história do modo como os tratou. CE 35 1 Mais de uma vez tem o educador dos jovens levado para dentro da sala de aula a sombra das trevas que se acumularam sobre sua alma. Tem sido sobrecarregado e está nervoso, ou a dispepsia tem dado a tudo um sombrio matiz. Ele entra na sala com os nervos tensos e o estômago irritado. Nada parece ser feito para agradar-lhe; acha que os alunos estão propensos a mostrar-lhe desrespeito, e ele distribui críticas ferinas e censuras a torto e a direito. CE 35 2 Talvez um ou mais tenham cometido erros ou sejam insubmissos. O caso é exagerado em sua mente, e ele se torna injusto e se mostra severo e causticante na repreensão, chegando mesmo a insultar aquele que ele considera culpado. Esta mesma injustiça impede-o de admitir mais tarde que não agiu do modo adequado. Para manter a dignidade de sua posição, ele perdeu uma preciosa, uma áurea oportunidade de manifestar o espírito de Cristo, talvez até de ganhar uma alma para o Céu. CE 35 3 Homens e mulheres de experiência devem compreender que este é um tempo de especial perigo para os jovens. As tentações cercam-nos por todos os lados; e ao passo que é fácil labutar a favor da corrente, o maior esforço é necessário para opor-se à maré do mal. É estudado esforço de Satanás manter os jovens no pecado, pois assim está mais seguro em relação ao homem. O inimigo das almas está cheio de intenso ódio contra todo esforço para influenciar a juventude na direção certa. Ele odeia tudo que permita uma correta visão de Deus e de nosso Salvador, e seus esforços são especialmente dirigidos contra todos que estão colocados em posição favorável para receber a luz do Céu. Ele sabe que qualquer movimento da parte deles para entrar em contato com Deus dar-lhes-á poder para resistir a seus enganos. Os que se sentem à vontade em seus pecados estão a salvo sob sua bandeira Mas tão logo se fazem esforços para quebrar o seu poder, sua ira é despertada, e ele começa com ardor sua obra de obstar, se possível o propósito de Deus. CE 36 1 Se a influência de nosso colégio for o que deve ser, os jovens que aí são educados serão hábeis em discernir a Deus e glorificá-Lo em todas as Suas obras; e enquanto empenhados em cultivar as faculdades que Deus lhes deu, estarão a preparar-se para prestar-Lhe mais eficiente serviço. O intelecto, santificado, abrirá os tesouros da Palavra de Deus e reunirá suas preciosas gemas para apresentar a outras mentes e levá-las também a buscar as coisas profundas de Deus. O conhecimento das riquezas de Sua graça enobrecerá e elevará a alma humana, e mediante a associação com Cristo tornar-se-á participante da natureza divina e obterá poder para resistir às investidas de Satanás. CE 36 2 Os estudantes precisam ser impressionados com o fato de que o conhecimento sozinho pode ser, nas mãos do inimigo de todo bem, um poder para destruí-los. Foi um ser muito intelectual, aquele que ocupava alta posição entre a hoste angélica, que finalmente se tornou um rebelde; e muita mente de dons intelectuais superiores está agora sendo levada cativa por seu poder. O conhecimento santificado que Deus provê tem a qualidade apropriada e contribuirá para Sua glória. CE 36 3 A tarefa dos professores em nosso colégio será laboriosa. Entre os que freqüentam a escola haverá alguns que são nada menos que instrumentos de Satanás. Não respeitam as regras da escola, e desmoralizam a todos que com eles se associam. Depois de haverem os professores feito tudo que podem para reformar esta classe; depois de terem, mediante esforço pessoal, por rogos e oração, procurado alcançá-los, e haverem eles recusado todo esforço feito em seu favor e continuarem sua conduta pecaminosa, será então necessário desligá-los da escola, a fim de que outros não sejam contaminados por sua malévola influência. CE 36 4 A fim de manter a devida disciplina e contudo exercer piedoso amor e ternura pelas almas dos que estão sob seus cuidados, o professor necessita de constante suprimento da sabedoria e graça de Deus. A ordem precisa ser mantida. Mas os que amam as almas, a aquisição do sangue de Cristo, devem fazer o máximo para salvar os que erram. Esses pobres entes pecadores são mui freqüentemente deixados nas trevas e no engano a seguirem o seu próprio caminho, e os que deviam ajudá-los deixam-nos prosseguir desamparados para a ruína Muitos desculpam sua negligência desses seres descuidados e transviados, citando os privilégios religiosos de Battle Creek. Dizem que se estes não os chamarem para o arrependimento, nada o fará. As oportunidades de assistir à Escola Sabatina e ouvir os sermões do púlpito em Battle Creek, são sem dúvida preciosos privilégios; mas aqui poderão passar inteiramente sem ser notados, ao passo que se alguém com verdadeiro interesse se aproximasse dessas almas com simpatia e amor, poderia ter êxito em alcançá-las. Tem-se-me mostrado que o esforço pessoal, judiciosamente empregado, terá marcante influência sobre esses casos considerados tão endurecidos. Nem todos podem ser tão duros de coração como parecem. Nosso povo em Battle Creek deve sentir profundo interesse pelos jovens a quem a providência de Deus colocou sob sua influência. Temos visto boa obra feita para a salvação de muitos que vieram para o nosso colégio, mas muito mais pode ser alcançado mediante esforço pessoal. CE 37 1 O amor egoísta do "mim e meu" impede a muitos de fazer por outros o que devem. Acham que toda obra que tiverem de fazer será para si mesmos e para seus filhos? "Sempre", disse Jesus, "que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a Mim o deixastes de fazer." São vossos filhos de mais valor à vista de Deus do que os filhos de vossos vizinhos? Deus não faz acepção de pessoas. Devemos fazer tudo que pudermos para a salvação das almas. Ninguém deve ser passado por alto porque não tenha a cultura e o preparo religioso de filhos mais favorecidos. Tivessem esses entes transviados, negligenciados, desfrutado as mesmas vantagens do lar, e poderiam mostrar muito mais nobreza de alma e maiores talentos para o que fosse útil do que muitos que têm sido assistidos dia e noite com o mais terno cuidado e exuberante amor. Os anjos se apiadam desses cordeiros extraviados; choram, enquanto os olhos humanos estão secos e o humano coração fechado para eles. Não me houvesse Deus entregue outra obra, e eu faria o negócio de minha vida cuidar daqueles a quem outros não desejem dar-se ao incômodo de salvar. No dia de Deus alguém será responsabilizado pela perda dessas queridas almas. CE 38 1 Pais que têm negligenciado as responsabilidades que Deus lhes deu, terão de enfrentar essa negligência no juízo. O Senhor inquirirá: "Onde estão os filhos que vos entreguei para os educardes para Mim? Por que não estão a Minha mão direita?" Muitos pais verão então que o amor irrazoável cegou-lhes os olhos para as faltas de seus filhos e deixou que estes adquirissem caráter deformado, inadequado para o Céu. Outros verão que não deram a seus filhos tempo e atenção, amor e bondade; sua própria negligência do dever fez dos seus filhos o que são. Os professores verão onde poderiam ter trabalhado para o Mestre, procurando salvar os jovens aparentemente incorrigíveis, que foram por eles rejeitados. E os membros da igreja verão que podiam ter feito bom serviço para o Mestre procurando ajudar os que mais necessitavam de auxílio. Enquanto o seu amor e interesse eram prodigamente dispensados a suas próprias famílias, havia muito jovem inexperiente que podia ter sido atraído a seus corações e lares, e cuja alma preciosa poderia ter sido salva mediante interesse e bondoso cuidado. CE 38 2 Devem os educadores entender como conservar a saúde de seus estudantes. Devem impedi-los de sobrecarregar a mente com demasiado estudo. Se deixam o colégio com o conhecimento das ciências mas com a constituição física alquebrada, melhor teria sido nem mesmo tivessem entrado para a escola. Alguns pais sentem que seus filhos estão sendo educados a um preço considerável, e compele-os em seus estudos. Os estudantes desejam tomar muitas matérias a fim de completar sua educação no tempo mais curto possível. Os professores têm permitido que alguns avancem demasiado rápido. Enquanto uns precisam ser estimulados, outros necessitam ser contidos. Os estudantes devem ser sempre diligentes, mas não devem tumultuar a mente a ponto de se tornarem intelectuais dispépticos. Não devem ser tão pressionados nos estudos que negligenciem a cultura das maneiras; e, acima de tudo, não devem permitir que coisa alguma interfira com os seus períodos de oração, que os põem em comunhão com Jesus, o melhor Mestre que o mundo já conheceu. Em nenhum caso devem privar-se dos privilégios religiosos. Muitos estudantes têm feito de seus estudos o primeiro e maior objetivo, negligenciando a oração e ausentando-se da Escola Sabatina e das reuniões de culto, e da negligência dos deveres religiosos voltam ao lar apostatados de Deus. Uma parte muito importante de sua educação foi negligenciada. O que está no fundamento de todo conhecimento verdadeiro não deve ser considerado como secundário. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." "Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça." Isto não deve ser feito o último, mas o primeiro. Os estudantes precisam ter oportunidade de relacionar-se com sua Bíblia Necessitam tempo para isto. O estudante que faz de Deus sua força, que está se tornando entendido no conhecimento de Deus como revelado em Sua Palavra, está lançando o fundamento de uma educação completa. CE 39 1 Pertence ao desígnio de Deus que o colégio de Battle Creek alcance mais elevada norma de cultura intelectual e moral do que qualquer outra instituição da espécie em nossa terra. Aos jovens deve ensinar-se a importância do cultivo de suas faculdades físicas, mentais e morais, de modo que não somente alcancem as maiores alturas na ciência, mas, mediante o conhecimento de Deus, sejam educados para glorificá-Lo; que possam desenvolver caráter simétrico, e estar assim plenamente preparados para serem úteis neste mundo e alcançar condições morais para a vida imortal. CE 39 2 Eu desejaria encontrar linguagem para expressar a importância de nosso colégio. Todos devem sentir que ele é uma das instrumentalidades de Deus para fazer-Se conhecido do homem. Os professores podem realizar uma obra maior do que a que têm considerado possível até aqui. As mentes devem ser moldadas e o caráter desenvolvido pelo interesse experimental. No temor de Deus, todo esforço para desenvolver as faculdades superiores, mesmo que marcado por grande imperfeição, deve ser encorajado e fortalecido. A mente de muitos dentre os jovens é rica em talentos que não são postos em uso algum porque lhes têm faltado a oportunidade de desenvolvê-los. Suas faculdades físicas são fortalecidas pelo exercício, mas as faculdades da mente jazem escondidas, porque o discernimento do educador e o tato que lhe foi dado por Deus não foram exercitados mediante uso. Aos jovens devem dar-se recursos para o desenvolvimento próprio. Eles devem ser atraídos, estimulados, encorajados e impelidos à ação. CE 40 1 No mundo todo necessita-se de obreiros. A verdade de Deus deve ser levada a terras estrangeiras, de modo que os que estão em trevas possam ser iluminados por ela. Deus requer que se mostre zelo infinitamente maior nesta direção do que o que até aqui se tem demonstrado. Como um povo, estamos quase paralisados. Não estamos fazendo a vigésima parte do bem que podíamos fazer, porque o egoísmo prevalece entre nós em grande medida. Intelectos cultivados são agora necessários na causa de Deus, pois noviços não podem fazer o trabalho de modo aceitável. Deus planejou nosso colégio como um instrumento para o desenvolvimento de obreiros de quem Ele não Se envergonhará. A altura que o homem pode alcançar mediante a cultura adequada não foi ainda compreendida. Temos entre nós mais do que uma média de homens de habilidade. Se seus talentos fossem postos em uso, poderíamos ter vinte obreiros onde agora só temos um. CE 40 2 Os professores não devem achar que o seu dever está cumprido quando os seus alunos foram instruídos em ciências. Mas devem compreender que dispõem do mais importante campo missionário do mundo. Se a capacidade de todos que se empenham como instrumentos for usada como Deus deseja, eles serão os mais bem-sucedidos missionários. Deve lembrar-se que a juventude está formando hábitos que, em nove de dez casos, decidirão o seu futuro. A influência das companhias que mantiverem, das associações que formarem, e dos princípios que adotarem, será levada com eles no decurso de toda a sua vida. CE 40 3 É um fato terrível, desses que deviam fazer tremer o coração dos pais, que os colégios para os quais são enviados os jovens de nossos dias para o cultivo da mente, põem em perigo sua moral. Assim como um inocente jovem, quando posto com endurecidos criminosos, aprende lições de crime com que jamais havia sonhado, jovens de mente pura, mediante associação com companheiros de colégio de hábitos corruptos, perdem sua pureza de caráter e se tornam viciados e envilecidos. Devem os pais despertar para suas responsabilidades e compreender o que estão fazendo ao enviar os seus filhos do lar para colégios dos quais nada podem esperar senão que se tornem destituídos de moral. O colégio de Battle Creek deve permanecer mais alto em tono moral do que qualquer outro colégio da região, de modo que a segurança dos filhos confiados a sua guarda não possa ser posta em perigo. Se os professores fizerem a sua obra no temor de Deus, trabalhando com o espírito de Cristo para a salvação das almas dos estudantes, Deus lhes coroará os esforços com êxito. Pais tementes a Deus estarão mais preocupados com o caráter que seus filhos trarão do colégio para o lar do que em relação ao sucesso e progresso feito nos estudos. CE 41 1 Foi-me mostrado que nosso colégio foi designado por Deus para realizar a grande obra de salvar almas. É somente quando postos sob o pleno controle do Espírito de Deus que os talentos de uma pessoa são considerados utilizáveis ao máximo. Os preceitos e princípios da religião são os primeiros passos na aquisição do conhecimento, e jazem no próprio fundamento da verdadeira educação. O conhecimento e a ciência precisam ser vitalizados pelo Espírito de Deus para servirem aos mais nobres propósitos. Só o cristão pode fazer o correto uso do conhecimento. A ciência, para ser plenamente apreciada, tem de ser considerada do ponto de vista religioso. O coração enobrecido pela graça de Deus pode compreender melhor o real valor da educação. Os atributos de Deus, como vistos em Suas obras criadas, só podem ser apreciados quando temos o conhecimento do Criador. Para conduzir a juventude à fonte da verdade, ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o professor precisa não somente estar familiarizado com a teoria da verdade, mas ter também o conhecimento experimental do caminho da santidade. Conhecimento é poder quando unido com a verdadeira piedade. Dever dos pais para com o colégio CE 42 1 Nossos irmãos e irmãs de outras partes devem sentir o dever que lhes cumpre de manter esta instituição ideada por Deus. Alguns dos alunos voltam para casa murmurando e queixando-se, e os pais e os membros da igreja dão ouvidos às declarações exageradas, unilaterais. Bem fariam em considerar que a história tem dois lados; no entanto, permitem que essas informações truncadas criem uma barreira entre eles e o colégio. Começam então a exprimir temores, dúvidas e suspeitas quanto à maneira por que o colégio está sendo dirigido. Tal influência produz grande dano. As palavras de descontentamento propagam-se como uma moléstia contagiosa, e a impressão causada sobre o espírito de outros dificilmente se apagará. A história avoluma-se a cada repetição, chegando a gigantescas proporções, quando se se investigasse, verificar-se-ia que não houve falta da parte dos professores ou mestres. Estes cumpriram apenas seu dever em fazer vigorar os regulamentos da escola, o que se deve fazer, do contrário a escola ficará desmoralizada. CE 42 2 Nem sempre os pais procedem com prudência. Muitos são demasiado exigentes no desejar levar outros a participarem de suas idéias, e tornam-se impacientes e ofensivos se o não conseguem; quando, porém, é exigido de seus filhos que observem as regras e regulamentos da escola, e eles se zangam diante da necessária restrição, com freqüência os pais, que professam amar e temer a Deus, unem-se aos filhos em vez de reprová-los e corrigir-lhes as faltas. Isto se demonstra muitas vezes o ponto decisivo no caráter desses filhos. Ordens e regras são derribadas, a disciplina é pisada a pés. Os filhos desprezam a restrição, sendo-lhes permitido falar desprezivamente das instituições de Battle Creek. Se tão-somente os pais refletissem, veriam os maus resultados da orientação que estão seguindo. Seria na verdade coisa maravilhosa se, numa escola de quatrocentos alunos, dirigida por homens e mulheres sujeitos às fraquezas da humanidade, tudo fosse tão perfeito, tão exato, que desafiasse a crítica. CE 43 1 Caso os pais se colocassem na posição dos professores, e vissem quão difícil é o dirigir e disciplinar uma escola de centenas de alunos de todas as séries e de todos os feitios mentais, talvez com reflexão, vissem diversamente os fatos. Cumpre-lhes considerar que alguns filhos nunca receberam disciplina em casa Tendo sido sempre tratados complacentemente, sem nunca serem exercitados na obediência, ser-lhes-ia grandemente proveitoso serem afastados dos pouco judiciosos pais, e colocados sob regulamentos e exercícios tão rigorosos como os que regem os soldados num exército. A menos que se faça algo por esses filhos tão negligenciados por pais infiéis, eles jamais poderão ser aceitos por Jesus; a menos que sejam controlados por algum poder, virão a ser de nenhum préstimo nesta vida, e não terão parte na futura. CE 43 2 É perfeita a ordem no Céu, a obediência perfeita, perfeitas a paz e a harmonia. Os que não têm tido nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida, não respeitarão a ordem observada no Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos houverem de ter entrada no Céu amarão a ordem e respeitarão a disciplina. O caráter formado nesta vida determinará o destino futuro. Quando Cristo vier, não mudará o caráter de ninguém. O precioso tempo da graça é concedido a fim de ser aproveitado em lavar nossas vestes de caráter e branqueá-las no sangue do Cordeiro. O remover as manchas do pecado requer a obra de toda uma existência. Necessitam-se dia a dia novos esforços no refrear e negar o próprio eu. A cada dia há novas batalhas a combater, e vitórias novas a serem obtidas. Diariamente deve a alma dilatar-se, pleiteando fervorosamente com Deus pelas poderosas vitórias da cruz. Os pais não devem negligenciar de sua parte nenhum dever para beneficiar seus filhos. Devem educá-los de tal maneira, que venham a ser uma bênção para a sociedade aqui, e possam colher a recompensa da vida eterna no porvir. ------------------------Capítulo 4 -- A causa em Iowa CE 44 1 Tem-se-me mostrado que a causa em Iowa está em deplorável condição. Em diferentes ramos da obra têm sido colocados jovens que não estão em condição espiritual de beneficiar o povo. Razoável número de homens inexperientes e ineficientes tem estado a trabalhar na causa, homens que precisam de que por eles se faça uma grande obra. Estudantes do colégio CE 44 2 A influência do irmão B não tem sido de modo algum a que devia ser. Enquanto esteve no colégio de Battle Creek, ele foi em muitos sentidos um jovem exemplar; mas, juntamente com outros jovens cavalheiros e moças, furtivamente fez uma excursão a _____. Isto não foi nobre, franco e justo. Sabiam que era uma quebra dos regulamentos, mas aventuraram-se no caminho da transgressão. Esses jovens, por este ato e sua atitude posterior em relação a sua errônea conduta, têm propiciado observações muito injustas sobre o colégio. CE 44 3 Quando os irmãos em Iowa aceitaram os trabalhos do irmão B, sob tais circunstâncias, cometeram um erro. Se mostrarem comportamento similar em outros casos, desagradarão grandemente a Deus. O fato de ter sido ele um jovem de excelente comportamento deu-lhe maior influência sobre outros, e seu exemplo em se pôr em desafio às regras e autoridade que sustentam e controlam a escola levou outros a fazerem o que ele havia feito. Leis e regulamentos não terão nenhuma força na condução da escola se tais coisas são sancionadas a esmo por nossos irmãos. Desmoralizante influência é facilmente introduzida numa escola. Muitos participarão prontamente do espírito de rebelião e desafio, a menos que se façam continuamente imediatos e vigilantes esforços na manutenção das normas da escola mediante regras estritas aplicáveis à conduta dos estudantes. CE 44 4 Os labores do irmão B não serão aceitáveis a Deus até que ele veja e reconheça inteiramente o seu erro em violar as regras do colégio e procure desfazer a influência que exerceu em prejuízo da reputação da escola. Muitos estudantes mais teriam vindo de Iowa não fora esta infeliz circunstância. Pudesse você, irmão B, ver e compreender a influência deste passo errado, e os sentimentos de paixão, de ciúmes, e do quase ódio que lhe encheu o coração porque o seu comportamento foi questionado pelo Prof. Brownsberger, e tremeria à vista do seu próprio estado e do triunfo por parte dos que não podem suportar restrições e travam guerra contra regras e regulamentos que os impedem de seguir sua pessoal conduta. Como professo discípulo que é do manso e humilde Jesus, sua influência e responsabilidade são grandemente aumentadas. CE 45 1 Irmão B, eu espero que o irmão proceda com cuidado e considere sua primeira tentação de afastar-se das normas do colégio. Analise criticamente o caráter do governo de nossa escola. As regras que foram estabelecidas não são de modo algum demasiado estritas. Mas a ira foi acalentada; no momento a razão foi destronada e o coração tornou-se presa de incontrolável paixão. Antes que se desse conta, o irmão deu um passo que poucas horas antes não teria dado sob qualquer pressão da tentação. O impulso havia subjugado a razão, e o irmão não pensou no dano feito a si mesmo e nem a uma instituição de Deus. Nossa única segurança sob qualquer circunstância é ser sempre senhores de nós mesmos na força de Jesus nosso Redentor. CE 45 2 Nosso colégio não dispõe daquela influência da opinião popular que os outros colégios possuem ao exercer o governo e impor suas regras. Num sentido ele é uma escola denominacional; mas, a menos que resguardado, ser-lhe-ão dados caráter e influência seculares. Estudantes que guardam o sábado precisam possuir mais coragem moral do que a que até aqui tem sido mostrada, de modo a preservar a influência moral e religiosa da escola, ou diferirá apenas no nome, dos colégios de outras denominações. Deus planejou e estabeleceu este colégio, desejando que fosse moldado por alto interesse religioso, e que cada ano estudantes não convertidos que são enviados a Battle Creek retornem a seus lares como soldados da cruz de Cristo. CE 46 1 Professores e instrutores devem refletir sobre os melhores meios de manter o caráter peculiar de nosso colégio; todos devem estimar muitíssimo os privilégios que desfrutamos em ter tal escola, devendo sustentá-la fielmente e guardá-la de qualquer sombra de acusação. O egoísmo pode debilitar as energias dos estudantes, ganhando o elemento secular o predomínio sobre toda a escola. Isto atrairia sobre esta instituição o desagrado de Deus. CE 46 2 Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade, devem possuir tal grau de domínio próprio e resistência de princípios religiosos que sejam habilitados a permanecer inabaláveis em meio das tentações, e a defenderem a Cristo no colégio, nas casas que se acham hospedados, ou onde quer que estejam. A religião não é para ser usada meramente como uma capa, na casa de Deus; antes, os princípios religiosos devem caracterizar toda a vida. Os que bebem da fonte da vida, não manifestarão, à semelhança dos mundanos, ansioso desejo de variações e de prazer. Em sua conduta e caráter ver-se-ão o sossego, a paz e a felicidade que encontraram em Jesus mediante o depositar-Lhe aos pés, dia-a-dia, suas perplexidades e preocupações. Mostrarão que há contentamento e mesmo alegria na vereda da obediência e do dever. Esses exercerão sobre os condiscípulos uma influência que se fará sentir na escola inteira. Os que compõem esse fiel exército serão um refrigério e avigoramento para os professores e dirigentes em seus esforços, contrariando toda espécie de infidelidade, de discórdia e negligência no que concerne a cooperar com os regulamentos. Sua influência será salvadora, e no grande dia de Deus suas obras não perecerão, mas segui-los-ão no mundo por vir; e a influência de sua vida aqui falará através dos séculos sem fim da eternidade. Um jovem sincero, consciencioso, fiel na escola, é inestimável tesouro. Os anjos do Céu contemplam-no com amor. O precioso Salvador o ama, e no livro do Céu registrará toda obra de justiça, cada tentação resistida, todo mal subjugado. Ele estará assim depositando um bom fundamento contra o tempo que há de vir, de modo a lançar mão da vida eterna. CE 47 1 O comportamento do irmão C no colégio, ao procurar a companhia de moças, estava errado. Não foi para isto que ele fora enviado para Battle Creek. Os estudantes não são enviados para cá para formar associações, para se entregarem a flertes ou namoro, mas para adquirir educação. Fosse-lhes permitido seguir suas próprias inclinações neste ponto, o colégio ficaria logo desmoralizado. Muitos têm usado os seus preciosos dias escolares em dissimulado flerte e namoro, não obstante a vigilância de professores e instrutores. Quando um professor de qualquer dos ramos tira vantagem de sua posição para ganhar a afeição de suas estudantes tendo em vista o casamento, sua conduta é merecedora da mais severa censura. CE 47 2 A influência dos filhos do irmão D e de vários outros de Iowa, como também do Sr. E, de Illinois, não tem sido benéfica para nossa escola. Os parentes e amigos desses estudantes os têm apoiado em fazer comentários sobre o colégio. Os filhos do irmão D têm habilidades e aptidões que são uma fonte de satisfação para os pais; mas quando as habilidades desses jovens são exercidas no sentido de quebrar as regras e regulamentos do colégio, não é algo que deva despertar prazer no coração de ninguém. O trabalho escrito contendo essa mordaz e ferina crítica a alguém que ensina no colégio não será lido com igual satisfação no dia em que a obra de cada um será passada em revista diante de Deus. Então o irmão e a irmã D enfrentarão o registro da obra que fizeram em dar a seu filho mal disfarçada justificativa nesta questão. Terão então de responder pela influência que exerceram em prejuízo da escola, uma das instrumentalidades de Deus, e por fazerem coloridas afirmações que impediram os jovens de vir ao colégio, onde poderiam ter sido postos sob a influência da verdade. Algumas almas se perderão em conseqüência dessa má influência. O grande dia do juízo de Deus revelará a influência de palavras proferidas e atitudes assumidas. O irmão e a irmã D têm deveres no lar aos quais negligenciaram. Têm-se embriagado com os cuidados desta vida. Trabalho, correria e movimentação têm sido a ordem do dia, e sua intensa mundanidade tem exercido modeladora influência sobre os filhos, a igreja e o mundo. É o exemplo dos que sustentam a verdade em justiça que condena o mundo. CE 48 1 Da juventude cristã depende em grande medida a preservação e perpetuidade das instituições que Deus delineou como meio de fazer prosperar Sua obra. Esta solene responsabilidade repousa sobre a juventude de hoje que está entrando no palco da ação. Jamais houve um período em que tão importantes resultados dependessem de uma geração de homens; quão importante, pois, que a juventude esteja qualificada para a grande obra, de modo que Deus possa usá-la como instrumentalidade Sua. O Criador tem sobre eles reclamos que transcendem todos os outros. CE 48 2 Foi Deus quem lhes deu vida e cada uma das faculdades físicas e mentais que possuem. Outorgou-lhes habilidades para sábio aproveitamento, de modo que lhes pudesse confiar uma obra que seria tão duradoura quanto a eternidade. Em retribuição pelos Seus grandes dons Ele reclama o devido cultivo e exercício das faculdades intelectuais e morais. Ele não lhes concedeu essas faculdades para mero entretenimento ou para serem abusivamente utilizadas contra Sua vontade e Seu propósito, mas para que pudessem usá-las no progresso do conhecimento da verdade e da santidade no mundo. Ele reclama sua gratidão, veneração e amor, em virtude de Sua continuada bondade e infinita misericórdia. Com razão Ele requer obediência a Suas leis e a todos os sábios regulamentos que protegem e guardam a juventude dos enganos de Satanás, e conduz os jovens no caminho da paz. Se os jovens pudessem ver que na concordância com as leis e regulamentos de nossas instituições estão apenas fazendo aquilo que lhes melhorará a posição na sociedade, lhes elevará o caráter, enobrecerá sua mente e lhes aumentará a felicidade, não se rebelariam contra regras justas e saudáveis regulamentos, nem se empenhariam em criar suspeita e preconceito contra essas instituições. Nossos jovens devem ter um espírito de energia e fidelidade para fazer face ao que deles se requer, e isto será uma garantia de sucesso. O caráter incontrolado e indiferente de muitos jovens nesta idade do mundo é descoroçoante. Muito da culpa cabe a seus pais no lar. Sem o temor de Deus ninguém pode ser verdadeiramente feliz. CE 49 1 Esses estudantes que se têm mostrado desgostosos sob autoridade, e voltam aos seus lares para lançar acusação sobre o colégio, terão de reconhecer o seu pecado e desfazer a influência que exerceram, antes que possam ter a aprovação de Deus. Os crentes em Iowa têm desgostado a Deus por credulamente aceitar o relatório que lhes tem sido trazido. Deviam ser encontrados sempre ao lado da ordem e da disciplina, em vez de encorajar uma administração frouxa. CE 49 2 Um jovem é enviado de um Estado distante para partilhar dos benefícios do colégio de Battle Creek. Deixa o lar com a bênção dos pais sobre si. Ouviu diariamente as ferventes orações feitas junto ao altar da família, e está realmente bem firmado numa vida de nobres resoluções e pureza. Suas convicções e propósitos quando deixa o lar são corretos. Em Battle Creek irá encontrar-se com companheiros de todas as classes. Torna-se bem familiarizado com alguns cujo exemplo é uma bênção para todos que estão dentro de sua esfera de influência. E eis que se encontra também com outros que são naturalmente bondosos e interessantes, e cuja inteligência fascina-o; mas estes possuem uma baixa norma de moralidade e nenhuma fé religiosa. Por algum tempo ele resiste a toda insinuação de render-se à tentação; mas como observa que outros que professam ser cristãos parecem encontrar prazer na companhia deste grupo irreligioso, os seus propósitos e altas resoluções começam a vacilar. Ele desfruta da vivacidade e espírito jovial destes jovens, e quase imperceptivelmente envolve-se cada vez mais com eles. Sua fortaleza parece estar cedendo; seu coração até então resoluto está se debilitando. Ele é convidado a acompanhá-los numa saída, e o conduzem a um bar. Alimentos inconvenientes são solicitados, e ele se sente acanhado em voltar atrás e recusar a gentileza. Uma vez transposto o limite, ele o faz outras vezes. Um copo de cerveja passa por ser inofensivo, e ele o aceita; mas ainda assim há aguilhões da consciência. Ele não toma posição aberta ao lado de Deus e da verdade e da justiça. A companhia da classe dissimulada e enganadora com que está associado agrada-lhe, e ele é levado um passo além. Seus tentadores insistem que não há certamente mal algum em jogar cartas, e assistir aos jogadores numa disputa de snooker, e ele cai repetidamente em tentação. CE 50 1 Há jovens freqüentando o nosso colégio que, sem que os pais ou responsáveis suspeitem, rondam os bares, bebem cerveja e jogam cartas e outros jogos de salão. Isto os estudantes procuram manter em profundo segredo entre si, e os professores e auxiliares são conservados na ignorância da obra satânica em marcha. Quando este jovem é induzido a seguir algum caminho mau, que tem de ser mantido em segredo, há uma batalha em sua consciência; mas a inclinação triunfa. Ele tencionava ser cristão quando veio para Battle Creek, mas é firme e seguramente conduzido na derrocada. Maus e sedutores companheiros encontrados entre jovens de pais guardadores do sábado, alguns deles vivendo em Battle Creek, descobrem que ele pode ser tentado, e secretamente exultam com o seu poder e com o fato de que ele é fraco e prontamente se renderá a sua sedutora influência. Verificam que ele pode ser envergonhado e confundido pelos que tiveram a luz e endureceram o coração no pecado. Influências justamente como estas serão encontradas onde quer que os jovens se associem. CE 50 2 Virá o tempo em que esse jovem que deixou a casa do pai puro e fiel, com nobres propósitos, estará arruinado. Ele aprendeu a amar o mal e a rejeitar o bem. Não compreendeu o perigo, e não se armou de vigilância e oração. Não se pôs imediatamente sob a guia e cuidado da igreja. Foi levado a crer que era varonil ser independente, não aceitando que sua liberdade fosse restringida. Foi ensinado que ignorar as regras e desafiar as leis era desfrutar a verdadeira liberdade; que era escravismo estar sempre temendo e tremendo com medo de errar. Ele se entregou à influência de pessoas ímpias que, enquanto exibindo um cativante exterior, praticavam o engano, a vilania e a iniqüidade; e ele foi desprezado e escarnecido por ser tão facilmente ludibriado. Foi aonde não podia encontrar o que era puro e bom. Aprendeu modos de vida e hábitos no falar que não eram elevados e enobrecedores. Muitos estão em perigo de ser assim desviados imperceptivelmente até se tornarem degradados a seus próprios olhos. Para ganhar o aplauso de perversos e ímpios, estão em perigo de abrir mão da pureza e nobreza da varonilidade, tornando-se escravos de Satanás. ------------------------Capítulo 5 -- A devida educação CE 52 1 A educação compreende mais que conhecimentos de livros. A devida educação inclui, não somente a disciplina mental, mas aquele cultivo que garante a sã moral e o correto comportamento. Temos receado muito que os que recebem os estudantes em suas casas não compreendam sua responsabilidade e deixem de exercer uma boa influência sobre esses jovens. Assim deixarão os estudantes de receber todos os benefícios que poderiam receber no colégio. Com freqüência faz-se a pergunta: "'Sou eu guardador de meu irmão?' Que cuidados, que fardo ou responsabilidade, devo sentir pelos estudantes que ocupam aposentos em minha casa?" Eu respondo: O mesmo interesse que tendes por vossos filhos. CE 52 2 Cristo diz: "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei a vós." A alma dos jovens que são colocados sob vosso teto é tão preciosa aos olhos do Senhor como a alma de vossos próprios caros filhos. Quando moços e moças são separados das brandas e subjugantes influências do círculo do lar, é dever dos que os têm sob os seus cuidados criar para eles influências de família. Estariam assim suprindo uma grande falta e fazendo para Deus uma obra igual a do pastor em seu púlpito. Circundar esses estudantes com uma influência que os preservaria das tentações para a imoralidade, e conduzi-los a Jesus, é um trabalho que o Céu aprovaria. Graves responsabilidades recaem sobre os que residem nos grandes centros da obra, onde há importantes interesses a serem sustentados. Os que preferem residir em Battle Creek devem ser homens e mulheres de fé, de sabedoria e de oração. CE 53 1 Centenas de jovens de várias disposições e educação diversa se associam na escola, e requer grande cuidado e muita paciência equilibrar na devida direção espíritos torcidos por uma educação errônea. Alguns nunca foram disciplinados, outros sofreram demasiado as rédeas, sentindo, quando longe das mãos vigilantes que as dirigiam, apertando-as demais, talvez, que se achavam livres para fazer o que lhes aprouvesse. Desprezam até o pensamento da restrição. Esses vários elementos postos ao lado uns dos outros em nosso colégio, dão cuidado, preocupações, e pesada responsabilidade, não só para os professores, mas para a Igreja inteira. CE 53 2 Os alunos de nosso colégio acham-se expostos a múltiplas tentações. Serão postos em contato com pessoas de quase toda espécie de espírito e moral. Os que possuem qualquer experiência religiosa são passíveis de censura se não tomam posição de resistência a toda má influência. Muitos, porém, preferem seguir a própria inclinação. Não consideram que precisam construir ou arruinar a própria felicidade. Está em suas mãos aproveitar por tal forma o tempo e as ocasiões, que desenvolvam caráter capaz de torná-los felizes e úteis. CE 53 3 Os jovens que residem em Battle Creek estão em constante perigo, porque não se ligam com o Céu. Se fossem fiéis a sua profissão de fé, poderiam ser em pessoa missionários para Deus. Por revelar interesse cristão, simpatia e amor, poderiam beneficiar muito os jovens que de outros lugares vêm para Battle Creek. Ferventes esforços devem ser feitos para evitar que esses novatos escolham companheiros superficiais, frívolos, amantes de prazeres. Esta classe exerce desmoralizante influência sobre o colégio, sobre o sanatório e sobre o setor de publicações. Nossos números estão constantemente aumentando, e a vigilância e o zelo para conservar nossa posição estão diminuindo firmemente. Se quiserem abrir os olhos, todos poderão ver para onde as coisas se encaminham. CE 54 1 Muitos que se mudam para Battle Creek a fim de dar a seus filhos as vantagens do colégio, não sentem ao mesmo tempo suas próprias responsabilidades ao fazerem esta mudança. Não compreendem que algo mais do que o seu próprio interesse egoísta deve ser levado em conta; que eles podem vir a ser um estorvo em vez de uma bênção, a menos que venham com o pleno propósito de fazer o bem quanto de obter o bem. Ninguém precisa perder sua espiritualidade, entretanto, ao vir para Battle Creek; se quisermos seguir a Cristo, não está no poder de ninguém desviar-nos da vereda aberta para que nela andem os remidos do Senhor. Ninguém é obrigado a copiar os erros de cristãos professos. Se vê os erros e faltas dos outros, será responsável diante de Deus e diante de seu próximo se não der melhor exemplo. Mas alguns fazem das faltas dos outros uma desculpa para os seus próprios defeitos de caráter, e até copiam os próprios traços objetáveis que condenam. Tais pessoas fortalecem aqueles de quem se queixam estarem seguindo uma conduta anticristã. De olhos abertos eles caem no laço do inimigo. Não são poucos os que em Battle Creek adotam este procedimento. Alguns têm vindo a lugares onde estão localizadas nossas instituições, com o motivo egoísta de ganhar dinheiro. Esta classe não beneficia os jovens nem por preceito e nem por exemplo. CE 54 2 São grandemente aumentados os perigos da juventude, ao serem os moços lançados na sociedade de grande número dos de sua idade, diversos em caráter e hábitos de vida. Sob tais circunstâncias, muitos pais se inclinam mais a afrouxar do que a redobrar seus esforços para guardar e reger os filhos. Lançam assim tremenda carga sobre os que sentem a responsabilidade. Ao verem esses pais que os filhos estão ficando desmoralizados, dispõem-se a lançar a culpa sobre os que estão à testa da obra, quando os males foram causados por sua própria falta de orientação. CE 54 3 Em vez de se unirem aos que levam a carga, para erguer as normas morais e, trabalhando de alma e coração no temor de Deus, corrigirem o mal nos próprios filhos, muitos pais tranqüilizam a consciência dizendo: "Meus filhos não são piores do que outros." Procuram esconder os manifestos malfeitos que Deus aborrece, para que os filhos não se ofendam e tomem qualquer desesperada atitude. Se o espírito de rebelião lhes está no interior, muito melhor é subjugá-lo agora, do que permitir que ele cresça e avigore pela condescendência. Se os pais cumprissem seu dever, veríamos diferente estado de coisas. Muitos desses pais se desviaram de Deus. Não têm Sua sabedoria para perceber as artimanhas de Satanás e resistir-lhe aos ardis. CE 55 1 Nesta fase do mundo, os filhos devem ser estritamente vigiados. Devem ser aconselhados e contidos. Eli foi amaldiçoado por Deus porque não restringiu a seus ímpios filhos pronta e decididamente. Há pais em Battle Creek que não estão fazendo melhor do que Eli. Temem controlar os filhos. Vêem-nos servindo a Satanás com arrogância, e passam-no por alto como uma desagradável necessidade que tem de ser suportada porque não pode ser remediada. CE 55 2 Todo filho e filha deve ser chamado a contas quando se acha ausente de casa à noite. Os pais devem saber em que companhia andam os filhos, e em que casa passam eles o serão. Alguns filhos enganam os pais com mentiras, a fim de ocultar sua errada direção. Uns há que buscam a sociedade de companheiros corrompidos, visitando às ocultas bares e outros lugares proibidos de ajuntamento na cidade. Há alunos que freqüentam as salas de bilhar, e metem-se em jogo de cartas, lisonjeando-se de que não há perigo. Uma vez que seu objetivo é meramente divertir-se, sentem-se em perfeita segurança. Não são apenas os de classe mais baixa que isto fazem. Alguns cuidadosamente criados e educados a olharem estas coisas com aversão, estão-se arriscando a penetrar no terreno proibido. CE 55 3 Os jovens devem ser regidos por princípios firmes, a fim de poderem desenvolver devidamente as faculdades com que Deus os dotou. Mas seguem tanto e tão cegamente aos impulsos, sem consideração para com o princípio, que se acham constantemente em perigo. Uma vez que lhes não é dado ter sempre a guia e proteção dos pais e tutores, precisam ser exercitados na dependência de si mesmos, e no domínio próprio. Devem ser ensinados a pensar e agir por um consciencioso princípio. CE 56 1 Aqueles que se acham empenhados em estudo necessitam relaxar-se. A mente não deve estar constantemente entregue a meditação acurada, pois o delicado mecanismo mental se torna gasto. O corpo, bem como a mente, devem fazer exercício. Há, porém, grande necessidade de temperança nos divertimentos, da mesma forma que em todas as outras atividades. E o caráter dessas diversões deve ser cuidadosa e cabalmente considerado. Cada jovem deve perguntar a si mesmo: "Que influência exercerão essas diversões sobre a saúde física, mental e moral? Deverá minha mente tornar-se tão obcecada que se esqueça de Deus? Deixaria eu de ter Sua glória diante de mim?" CE 56 2 Deve-se proibir o jogo de cartas. As associações e tendências são perigosas. O príncipe dos poderes das trevas preside nos salões de diversões e onde quer que haja jogo de cartas. Os anjos maus são hóspedes familiares nestes lugares. Nada existe de benefício à alma ou ao corpo nestes divertimentos. Coisa alguma para fortalecer o intelecto, nada para provê-lo de idéias valiosas para uso futuro. A conversa gira em torno de assuntos triviais e degradantes. Ouve-se aí gracejo indecente, palavreado baixo e vil, que diminui e destrói a verdadeira dignidade varonil. Essas diversões são as mais néscias, inúteis, prejudiciais e perigosas atividades que os jovens podem praticar. Aqueles que se dão ao jogo de cartas, tornam-se grandemente excitados, e logo perdem todo o gosto, pelas ocupações úteis e elevadas. A perícia no manuseio das cartas conduzirá logo ao desejo de empregar este conhecimento e tato em proveito próprio. É apostada uma pequena soma e, em seguida, uma maior, até que se adquire uma sede de jogar que leva a ruína certa. A quantos não têm essa diversão perniciosa levado a toda sorte de práticas pecaminosas, à miséria, à prisão, ao assassínio e ao patíbulo! E muitos pais ainda não vêem o terrível abismo da ruína que está aberto aos nossos jovens. CE 57 1 Entre as casas de diversões, a mais perigosa é o teatro. Em lugar de ser uma escola de moralidade e virtude, como costuma ser chamada, é ele justamente o viveiro da imoralidade. Os hábitos viciosos e as tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. As cantigas baixas, os gestos, expressões e atitudes indecentes corrompem a imaginação e aviltam a moral. Todo jovem que assiste habitualmente a tais exibições será corrompido em princípio. Não existe em nosso país influência mais poderosa para corromper a imaginação, destruir as impressões religiosas e enfraquecer o gosto pelos prazeres tranqüilos e as sóbrias realidades da vida, do que as diversões teatrais. O gosto por estas cenas aumenta com cada transigência, assim como o desejo para com as bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é evitar o teatro, o circo, e todos os outros lugares de diversões duvidosos. CE 57 2 Há espécies de recreações grandemente benéficas tanto para a mente como para o corpo. Uma mente esclarecida e perspicaz encontrará abundantes meios de entretenimentos e diversão nas fontes não só inocentes, mas instrutivas. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na Natureza, serão do mais elevado benefício. CE 57 3 O grande Deus, cuja glória brilha desde o Céu, e cuja divina mão sustenta milhões de mundos, é nosso Pai. Basta-nos somente amá-Lo, confiar nEle em fé e segurança como criancinhas, e Ele nos aceitará como Seus filhos e filhas, e seremos herdeiros de toda a inexprimível glória do mundo eterno. A todos os mansos Ele guiará em juízo, ensinar-lhes-á o Seu caminho. Se andarmos em obediência a Sua vontade, alegre e diligentemente aprendermos as lições de Sua providência, dentro em breve Ele dirá: Filho, entre para as mansões celestiais que lhe preparei. ------------------------Capítulo 6 -- Um costume digno de imitação CE 58 1 Vejo aqui na Suíça algo que julgo digno de imitação. Os professores das escolas muitas vezes saem com os alunos quando estão brincando e os ensinam a entreter-se, ficando perto para reprimir qualquer desordem ou erro. Às vezes saem com os alunos a uma longa caminhada. Aprecio isto; penso que há menos oportunidade para as crianças cederem à tentação. Parece que os mestres participam das brincadeiras das crianças e as supervisionam. CE 58 2 Não posso de modo algum aprovar a idéia de que as crianças devam sentir-se constantemente como não merecendo confiança, não podendo agir como crianças. Mas participem os professores dos entretenimentos das crianças, unam-se-lhes, e mostrem que desejam vê-las felizes, e isto lhes inspirará confiança. Podem ser controladas pelo amor, mas não seguindo-as em suas refeições e em seus entretenimentos com rigorosa, inflexível severidade. CE 58 3 Os que jamais tiveram os seus próprios filhos -- permita-se-me dizer aqui -- não são em geral os melhores qualificados para de modo sábio cuidar das mentes diversificadas de crianças e jovens. Eles são aptos para fazer uma lei da qual não pode haver apelação. Devem os professores ter em mente que eles mesmos já foram crianças um dia. Devem adaptar os seus ensinos à mente das crianças, pondo-se eles próprios em simpatia com elas; então podem as crianças ser instruídas e beneficiadas tanto por preceito como por exemplo. -- Testimonies for the Church 5:653, 654. ------------------------Capítulo 7 -- Nosso colégio CE 59 1 Há risco de nosso colégio ser desviado de seu original desígnio. O propósito de Deus foi dado a conhecer -- que nosso povo tenha a oportunidade de estudar as matérias correntes de estudo, aprendendo ao mesmo tempo os reclamos de Sua Palavra. Devem fazer-se conferências sobre temas bíblicos; o estudo das Escrituras deve ter o primeiro lugar em nosso sistema de educação. CE 59 2 De grandes distâncias são enviados alunos a fim de cursarem o colégio de Battle Creek, visando justamente instruírem-se por meio das preleções sobre assuntos bíblicos. Mas por um ou dois anos passados, tem havido certo esforço para moldar nossa escola por outros colégios. Assim sendo, não nos é possível animar os pais a enviar os filhos ao Colégio de Battle Creek. A influência moral e religiosa não deve ser deixada para trás. Em tempos passados, Deus tem operado por meio dos esforços dos mestres e muitas almas viram a verdade e abraçaram-na, voltando a casa para viver daí em diante para Deus; e isto em virtude de sua estada no colégio. Vendo que o estudo da Bíblia era uma parte de sua educação, foram levados a considerá-la assunto de grande interesse e importância. CE 60 1 Muito pouca atenção tem sido dispensada à educação de jovens para o ministério. Este era o principal objetivo no estabelecimento do colégio. De maneira alguma deve isto ser passado por alto ou considerado como assunto secundário. Por vários anos, entretanto, poucos apenas têm saído dessa instituição preparados para ensinar a verdade a outros. Alguns que ali chegaram à custa de grandes gastos, tendo em vista o ministério, têm sido animados pelos professores a tomar um curso completo de estudos, ocupando vários anos, e para obter meios a fim de levar a cabo esse plano, entraram no ramo da colportagem, abandonando toda idéia de pregar. Isto é inteiramente errado. Não temos muitos anos em que trabalhar e os mestres e o diretor deviam achar-se possuídos do Espírito de Deus, e trabalhar em harmonia com Sua vontade revelada, em lugar de executar seus próprios planos. Estamos perdendo muito todo ano, devido a não darmos atenção ao que Deus tem dito a esse respeito. CE 60 2 Nosso colégio é designado por Deus para satisfazer às necessidades deste tempo de perigo e desmoralização. Unicamente o estudo de livros, não pode proporcionar aos estudantes a disciplina de que necessitam. É preciso pôr uma base mais ampla. O colégio não foi fundado para receber o cunho da mente de homem algum. Os mestres e o diretor devem trabalhar de comum acordo, como irmãos. Consultar-se entre si, bem como aconselhar-se com ministros e homens de responsabilidade, e, acima de tudo, buscar sabedoria do alto, a fim de que todas as decisões quanto à escola sejam de molde a receber a aprovação de Deus. CE 60 3 Não é o propósito da instituição dar aos estudantes o mero conhecimento de livros. Esta espécie de educação pode ser obtida em qualquer colégio da região. Foi-me mostrado que é alvo de Satanás impedir que se alcance o verdadeiro objetivo para que foi o colégio estabelecido. Embaraçados por seus enganos, raciocinam os seus dirigentes segundo o costume do mundo e copiam os seus planos e imitam suas maneiras. Mas em assim fazendo, não estarão à altura da mente do Espírito de Deus. CE 61 1 Necessita-se mais ampla educação -- uma educação que exija de professores e diretor consideração e esforço que a mera instrução nas ciências não requer. O caráter precisa receber a devida disciplina para atingir ao máximo e mais nobre desenvolvimento. Os alunos devem receber no colégio preparo capaz de habilitá-los a manter posição respeitável, honesta e virtuosa na sociedade, em oposição às desmoralizadoras influências que estão corrompendo a mocidade. CE 61 2 Bom seria que se pudesse ter junto ao nosso colégio terra para cultivo, bem como oficinas sob a direção de homens competentes para instruírem os alunos nas várias modalidades do trabalho manual. Muito se perde pela negligência de unir o esforço físico ao mental. As horas vagas dos alunos são muitas vezes ocupadas com divertimentos frívolos, que enfraquecem as faculdades físicas, mentais e morais. Sob a aviltante força da condescendência com o sensual, ou a precoce excitação do namoro e casamento, muitos alunos deixam de atingir a altura do desenvolvimento mental que de outro modo alcançariam. CE 61 3 Devem os jovens ser cada dia impressionados com o senso de sua obrigação para com Deus. Sua lei é de contínuo violada, até mesmo por filhos de pais religiosos. Alguns desses mesmos jovens freqüentam antros de dissipação, e em conseqüência as faculdades da mente e do corpo sofrem. Esta classe leva outros a seguir sua perniciosa conduta. Assim, enquanto dirigentes e professores estão dando instruções sobre ciências, Satanás, com infernal astúcia, está exercendo toda energia para obter o controle da mente dos alunos e levá-los à derrocada. CE 61 4 Falando de modo geral, os jovens não têm senão pouca força moral. Este é o resultado da negligenciada educação na infância. O conhecimento do caráter de Deus e de nossas obrigações para com Ele não deve ser considerado como coisa de pouca importância. A religião da Bíblia é a única salvaguarda dos jovens. Moralidade e religião devem receber especial atenção de nossas instituições educativas. A Bíblia como livro de texto CE 62 1 Nenhum outro estudo enobrecerá assim cada pensamento, sentimento e aspiração como o estudo das Escrituras. Esta Sagrada Palavra é a vontade de Deus revelada a homens. Nela podemos saber o que Deus espera dos seres formados a Sua imagem. Aqui podemos aprender como cultivar a vida presente e como assegurar a vida futura. Nenhum outro livro pode satisfazer as indagações da mente e os anseios do coração. Ao obter o conhecimento da Palavra de Deus e dar-lhe ouvidos, podem os homens erguer-se das maiores profundezas da ignorância e degradação para se tornarem filhos de Deus, companheiros de anjos sem pecado. CE 62 2 O claro conceito do que Deus é, e do que Ele requer que sejamos nós, nos dará idéias humildes de nós mesmos. Aquele que estuda direito a Palavra Sagrada, aprenderá que o intelecto humano não é onipotente; que, sem o auxílio que ninguém senão Deus pode dar, a força e sabedoria humanas não passam de fraqueza e ignorância. CE 62 3 Como poderoso meio de educação, a Bíblia não tem rival. Coisa alguma comunicará tanto vigor a todas as faculdades, como quererem os estudantes apanhar as estupendas verdades da revelação. A mente gradualmente se adapta aos assuntos sobre os quais se lhe permite demorar. Se só se ocupa com assuntos comuns, com exclusão de temas grandes e altíssimos, tornar-se-á apoucada e enfraquecida. Se nunca for solicitada a lidar com problemas difíceis ou obrigada a compreender verdades importantes, depois de algum tempo ela quase perderá o poder de crescimento. CE 63 1 A Bíblia é a mais vasta e mais instrutiva história que os homens possuem. Ela veio pura da fonte da verdade eterna, e uma divina mão preservou sua pureza através dos séculos. Seus brilhantes raios penetram o mais distante passado, onde a pesquisa humana procura debalde penetrar. Só na Palavra de Deus encontramos um relato autêntico da criação. Nela contemplamos o poder que lançou os fundamentos da Terra e estendeu os céus. Somente aí podemos encontrar a história de nossa raça, não contaminada pelo preconceito ou o orgulho humano. CE 63 2 Na Palavra de Deus a mente encontra assunto para a mais profunda reflexão, a mais sublime aspiração. Por meio dela podemos manter comunhão com patriarcas e profetas, e ouvir a voz do Eterno a falar com os homens. Ali contemplamos a majestade do Céu ao humilhar-Se para Se tornar nosso substituto e penhor, para sozinho enfrentar os poderes das trevas e alcançar a vitória em nosso favor. Uma reverente contemplação de temas como esses não pode deixar de sublimar, purificar e enobrecer o coração e, ao mesmo tempo, inspirar a mente com renovada força e vigor. CE 63 3 Se a moralidade e a religião devem existir em uma escola, isto tem de ser por meio do conhecimento da Palavra de Deus. Talvez alguns argumentem que, se o ensino religioso for tornado preeminente, nossa escola ficará impopular; que os que não pertencem à nossa fé não apoiarão o colégio. Muito bem, nesse caso, vão eles para outros, onde encontrem sistema de educação ao seu sabor. Nossa escola foi estabelecida, não meramente para ensinar as ciências, mas com o fito de ministrar instrução nos grandes princípios da Palavra de Deus, e nos práticos deveres da vida diária. CE 63 4 Esta é a educação de que tanto se necessita nos tempos atuais. Caso uma influência mundana haja de dominar nossa escola, seja ela então vendida aos mundanos, e tomem eles o inteiro controle; e os que depositaram seus meios nessa instituição estabelecerão outra escola para ser dirigida, não sob o plano das escolas populares, nem segundo os desejos de diretores e mestres, mas sob o plano especificado por Deus. CE 64 1 Em nome de meu Mestre, rogo a todos quantos se acham em posição de responsabilidade naquela escola, que sejam homens de Deus. Quando o Senhor nos exige ser distintos e peculiares, como podemos nós cobiçar popularidade, ou buscar imitar os costumes e práticas do mundo? Deus declarou ser desígnio Seu possuir na região, um colégio em que a Bíblia tenha seu devido lugar na educação da juventude. Faremos nossa parte por cumprir esse desígnio? CE 64 2 Pode parecer que os ensinos da Palavra de Deus não tenham senão pouco efeito sobre a mente e o coração de muitos estudantes; mas, se a tarefa do professor tiver sido desempenhada em Deus, algumas lições da verdade divina subsistirão na memória até do mais descuidado. O Espírito Santo regará a semente semeada, e ela muitas vezes brotará depois de muitos dias, e dará fruto para glória de Deus. CE 64 3 Satanás está de contínuo procurando desviar da Bíblia a atenção do povo. As palavras de Deus aos homens, as quais deviam receber nossa primeira atenção, ficam negligenciadas pelas sentenças da sabedoria humana. Como pode Aquele que é infinito em poder e sabedoria tolerar assim a presunção e afronta de homens! CE 64 4 Por intermédio do prelo, é colocado ao alcance de todos conhecimentos de toda espécie; e todavia, quão grande é, em todas as comunidades, a parte depravada na moral e superficial em consecuções mentais! Se tão-somente os homens se tornassem leitores da Bíblia, estudantes da Bíblia, diverso seria o estado de coisas que haveríamos de ver. CE 64 5 Em uma época como a nossa, abundante de iniqüidade, e em que o caráter de Deus e Sua lei são igualmente olhados com desdém, especial deve ser o cuidado tomado em ensinar a juventude a estudar, reverenciar e obedecer à vontade divina revelada aos homens. O temor do Senhor está-se extinguindo no espírito de nossos jovens, devido à sua negligência de estudar a Bíblia. CE 64 6 O diretor e os mestres devem manter viva comunhão com Deus, colocando-se firme e destemidamente como testemunhas Suas. Jamais, por covardia ou política mundana, seja permitido que a Palavra de Deus fique para trás. Os alunos aproveitarão intelectual, bem como moral e espiritualmente com o seu estudo. Objetivo do colégio CE 65 1 Nosso colégio está hoje numa posição que Deus não aprova. Têm-me sido mostrados os perigos que ameaçam esta importante instituição. Se seus homens responsáveis procurarem alcançar as normas do mundo, se copiarem os planos e métodos de outros colégios, o desagrado de Deus estará sobre nossa escola. CE 65 2 É chegado o tempo de eu falar decididamente. O propósito de Deus no estabelecimento de nosso colégio tem sido exposto de modo claro. Há urgente demanda de obreiros no campo evangélico. Moços que desejam entrar no ministério não podem gastar numerosos anos em obter educação. Os professores deviam ter sido capazes de compreender a situação e adaptar sua instrução às necessidades desta classe. Vantagens especiais deviam ter-lhes sido concedidas de um breve embora completo estudo dos ramos mais necessitados que os capacitasse para o seu trabalho. Mas tem-se-me mostrado que isto não tem sido feito. CE 65 3 O irmão _____ podia ter feito muito melhor trabalho do que fez pelos que estavam para ser obreiros. Deus não Se tem agradado de sua conduta nesta questão. Ele não se tem adaptado à situação. Homens que deixaram o seu campo de trabalho a custa de considerável sacrifício a fim de aprender o que lhes fosse possível em pouco tempo, nem sempre têm recebido aquele auxílio e encorajamento que deviam receber. Homens que chegaram à idade madura, ao meridiano da vida, mesmo, e que possuem sua própria família, têm sido submetidos a desnecessário embaraço. O irmão _____ é pessoalmente muito sensível, mas ele não compreende que outros podem sentir o aguilhão do ridículo, do sarcasmo, da censura, tanto quanto ele. Nisto ele tem ferido seus irmãos e desagradado a Deus. A responsabilidade do mestre CE 66 1 Há uma obra a fazer por parte de cada professor em nosso colégio. Não há nenhum isento de egoísmo. Caso o caráter moral e religioso dos mestres fosse o que deveria ser, melhor seria a influência exercida sobre os alunos. Os professores não buscam individualmente, cumprir seu dever, tendo em vista meramente a glória de Deus. Em lugar de olhar a Jesus e Lhe imitarem a vida e o caráter, olham ao próprio eu, visando demasiado atingir uma norma humana. Desejaria que me fosse dado impressionar todo mestre com um pleno senso de sua responsabilidade quanto à influência que ele exerce sobre os jovens. Satanás é incansável em seus esforços por conseguir o serviço de nossa juventude. Com grande cuidado está ele armando laços aos pés inexperientes. O povo de Deus deve zelosamente guardar-se de seus ardis. CE 66 2 Deus é a personificação da benevolência, misericórdia e amor. Os que se acham verdadeiramente ligados a Ele não podem estar em divergência, uns com os outros. Seu Espírito reinando no coração, criará harmonia, amor e união. O contrário disto se vê entre os filhos de Satanás. É sua obra provocar inveja, discórdia e ciúme. Em nome de meu Senhor eu pergunto aos professos seguidores de Cristo: Que frutos produzis? CE 66 3 No sistema de instrução usado nas escolas seculares, é negligenciada a parte mais importante da educação -- a religião da Bíblia. A educação não afeta somente em alto grau a vida do aluno aqui na Terra, mas sua influência se estende para a eternidade. Quão importante, pois, é que os professores sejam pessoas capazes de exercer correta influência! Devem ser homens e mulheres de experiência religiosa, que recebem diariamente luz divina a fim de a comunicar aos alunos. CE 67 1 Não se espera, no entanto, que os mestres façam a obra dos pais. Tem havido, da parte de muitos pais, terrível negligência do dever. Como Eli, falham quanto a exercer a devida restrição; e depois, mandam os indisciplinados filhos para o colégio a fim de receber a educação que os pais lhes deviam ter ministrado em casa. Os mestres têm uma tarefa que poucos apreciam. Caso sejam bem-sucedidos em reformar esses extraviados jovens, pouco é o mérito que se lhes atribui. Se os jovens procuram a companhia dos que são inclinados para o mal, e vão de mal a pior, então os professores são censurados e acusada a escola. CE 67 2 Em muitos casos, a censura caberia justamente aos pais. Eles tiveram a primeira e mais favorável oportunidade de controlar e educar os filhos, quando o espírito dos mesmos era dócil, a mente e o coração facilmente impressionáveis. Devido à negligência dos pais, porém, as crianças têm permissão de seguir a própria vontade, até se endurecerem em má direção. CE 67 3 Estudem os pais menos do mundo e mais de Cristo; ponham menos esforço em imitar os costumes e modas do mundo, e consagrem mais tempo e esforço a moldar a mente e o caráter dos filhos em harmonia com o divino Modelo. Poderiam então enviar os filhos e filhas fortalecidos por uma moral pura e nobres ideais, a fim de se educarem para ocupar posições de utilidade e confiança. Mestres que se dirigem pelo amor e o temor de Deus, poderiam levar esses jovens ainda mais adiante e mais acima, preparando-os para ser uma bênção ao mundo e uma honra a seu Criador. CE 67 4 Ligado a Deus, todo instrutor exercerá influência no sentido de induzir os discípulos a estudarem a Palavra de Deus e obedecer-Lhe à lei. Encaminhar-lhes-ão a mente à consideração dos interesses eternos, abrindo diante deles vastos campos de ideais, grandes e enobrecedores temas, para apoderar-se dos quais o mais vigoroso intelecto poderá exercer todas as suas energias, e sentir ainda que existe para além um infinito. CE 68 1 Os males da estima própria e de uma não santificada independência, que tanto prejudicam nossa utilidade e que acabarão se demonstrando nossa ruína se não forem vencidos, provêm do egoísmo. "Aconselhai-vos uns aos outros", é a mensagem que me foi dada muito repetidamente, pelo anjo de Deus. Influindo no julgamento de um homem, Satanás pode empenhar-se em controlar os assuntos a seu bel-prazer. Pode ele ter êxito em desviar a mente de duas pessoas, mas quando vários trocam idéias juntos, há mais segurança. Cada plano será estudado mais rigorosamente, cada movimento rumo do progresso, considerado mais completamente. Daí, há menos perigo de precipitação de planos desavisados, que trariam confusão, perplexidade e derrota. Na união há força. Na divisão há fraqueza e derrota. CE 68 2 Deus está conduzindo um povo e preparando-o para a trasladação. Estamos nós, que desempenhamos uma parte nesta obra, portando-nos como sentinelas de Deus? Estamos nós buscando operar unidos? Estamos dispostos a tornar-nos servos de todos? Estamos seguindo nosso grande Exemplo? CE 68 3 Coobreiros, estamos todos lançando sementes no campo da vida. Qual a semente, tal será a colheita. Se semearmos desconfiança, inveja, ciúmes, amor-próprio, pensamentos e sentimentos amargos, havemos de ceifar amargura para nossa própria alma. Se manifestarmos bondade, amor, terna consideração para com os sentimentos de outros, o mesmo havemos de colher por nossa vez. CE 68 4 O mestre severo, crítico, despótico, desatencioso para com os sentimentos alheios, deve esperar que o mesmo espírito se manifeste para com ele próprio. Aquele que deseja conservar a própria dignidade e o respeito de si mesmo, precisa ter cuidado em não ferir desnecessariamente o respeito próprio dos demais. Esta regra deve ser observada como sagrada quanto aos mais pesados de inteligência, os mais jovens, os mais obtusos estudantes. O que Deus pretende fazer com esses aparentemente desinteressantes jovens, não o sabeis. Ele já tem recebido no passado pessoas que não eram mais promissoras nem atraentes, a fim de fazerem para Ele uma grande obra. Operando Seu Espírito no coração, despertou toda faculdade para vigorosa ação. O Senhor viu naquelas pedras brutas, não lavradas, matéria preciosa, capaz de suportar a prova da tempestade e do calor e da pressão. Deus não vê como vê o homem. Não julga pela aparência, mas esquadrinha o coração e julga retamente. CE 69 1 O mestre deve sempre conduzir-se como um cavalheiro cristão. Deve ter para com seus discípulos a atitude de amigo e conselheiro. Se todo o nosso povo -- professores, ministros e membros leigos -- cultivasse o espírito da cortesia cristã, encontraria muito mais facilmente acesso ao coração do povo; muitos mais seriam levados a examinar e receber a verdade. Quando todo mestre esquecer o próprio eu, experimentando profundo interesse no êxito e prosperidade dos alunos, compreendendo que os mesmos são propriedade de Deus, e que ele tem de prestar contas de sua influência sobre a mente e o caráter deles, então teremos uma escola em que os anjos se deleitarão em demorar. Jesus contemplará aprovadoramente a obra dos mestres e derramará Sua graça no coração dos estudantes. CE 69 2 Nosso colégio em Battle Creek é um lugar onde os membros mais jovens da família do Senhor devem ser treinados segundo o plano divino de crescimento e desenvolvimento. Devem ser impressionados com a idéia de que são criados à imagem de Deus e que Cristo é o Modelo que devem seguir. Nossos irmãos permitem a sua mente ficar numa linha demasiado estreita e demasiado baixa. Não conservam sempre em vista o plano divino, mas têm os olhos fixados em modelos mundanos. Olhai para cima, onde Cristo está sentado à direita de Deus, e então trabalhai para que vossos alunos sejam postos em conformidade com esse caráter perfeito. CE 69 3 Caso abaixeis a norma a fim de conseguir popularidade e aumento de número, fazendo desse acréscimo objeto de regozijo, mostrais com isto grande cegueira. Fossem os algarismos indício de êxito, Satanás poderia reclamar a preeminência; pois, neste mundo, os que o seguem constituem a grande maioria. É o grau de força moral de que o colégio se acha possuído, a prova de sua prosperidade. A virtude, a inteligência e a piedade do povo que compõe nossa igreja, não seu número, deveriam ser causa de alegria e gratidão. CE 70 1 Sem a influência da graça divina, a educação não se demonstrará nenhum bem real; o que aprende se torna orgulhoso, vão, fanático. A educação recebida sob a enobrecedora, purificadora influência do grande Mestre, porém, elevará o homem na escala do valor moral para com Deus. Ela o habilitará a subjugar o orgulho e a paixão, e a andar humildemente diante de Deus, como quem dEle depende quanto a toda aptidão, toda oportunidade e todo privilégio. CE 70 2 Dirijo-me aos obreiros de nosso colégio: Não deveis apenas professar ser cristãos, mas exemplificar o caráter de Cristo. Que a sabedoria do alto penetre todo o vosso ensino. Em um mundo de trevas morais e corrupção, patenteai que o espírito que vos impulsiona à ação vem do alto, não de baixo. Enquanto vos apoiardes inteiramente na própria força e sabedoria, os melhores esforços que fizerdes pouco realizarão. Se fordes impulsionados pelo amor para com Deus, tendo como fundamento a Sua lei, fareis obra perdurável. Ao passo que o feno, a madeira e o restolho serão consumidos, vossa obra resistirá à prova. Os jovens postos sob o vosso cuidado, tereis de encontrar outra vez em torno do grande trono branco. Se permitirdes que vossas maneiras incultas ou o descontrolado temperamento dominem a situação, deixando assim de influenciar esses jovens para seu eterno bem, devereis naquele dia enfrentar as conseqüências de vossa obra. Pelo conhecimento da lei divina e a obediência aos Seus preceitos, podem os homens tornar-se filhos de Deus. Pela violação dessa lei, fazem-se servos de Satanás. Por um lado, podem eles erguer-se a qualquer altitude a excelência moral; podem, por outro lado, descer a qualquer profundidade no iníquo e degradante. Os obreiros de nosso colégio devem manifestar zelo e diligência proporcionais ao valor da recompensa em jogo -- a alma de seus alunos, a aprovação de Deus, vida eterna e as alegrias dos remidos. CE 71 1 Como colaboradores de Cristo, tendo oportunidades tão favoráveis de comunicar o conhecimento de Deus, nossos professores devem trabalhar como inspirados de cima. O coração dos jovens não está endurecido, nem suas idéias e opiniões estereotipadas, como acontece com os mais idosos. Poderão ser conquistados para Cristo mediante vosso santo porte, devoção e proceder semelhante a Cristo. Seria muito melhor assoberbá-los menos de estudos em outras matérias, e dar-lhes mais tempo para os privilégios religiosos. Nisto se tem cometido grande erro. CE 71 2 O objetivo de Deus em trazer à existência o colégio tem-se perdido de vista. Ministros do evangelho têm mostrado sua carência de sabedoria do alto a ponto de unir um elemento mundano com o colégio; uniram-se com os inimigos de Deus e da verdade no prover entretenimento para os estudantes. Ao encaminhar assim mal os jovens, fazem uma obra para Satanás. Essa obra, com todos os seus resultados, eles terão de enfrentar de novo ante o tribunal de Deus. Os que seguem tal conduta mostram que não são dignos de confiança. Depois da má obra que têm feito, eles podem confessar o seu erro; mas podem com a mesma facilidade recolher a influência que exerceram? Será proferido o "bem está" em relação aos que têm sido falsos ao que se lhes confiou? Esses homens infiéis não têm construído sobre a eterna Rocha. Seu fundamento provar-se-á ser areia movediça "Não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Qualquer, pois, que se faz amigo do mundo constitui-se em inimigo de Deus." CE 71 3 Não se pode traçar limites à nossa influência. Um ato impensado poder-se-á demonstrar a ruína de muitas almas. O procedimento de cada obreiro em nosso colégio está causando impressões no espírito dos jovens, impressões que são levadas para fora, para se reproduzirem em outros. Cumpre que o objetivo do professor seja preparar cada jovem sob seu cuidado para vir a ser uma bênção ao mundo. Esse objetivo não deveria nunca ser perdido de vista. Alguns há que professam estar trabalhando para Cristo, e que todavia, acidentalmente, passam para o lado de Satanás, e fazem-lhe a obra. Poderá o Salvador declarar tais obreiros como bons e fiéis servos? Estão eles, como atalaias, dando à trombeta sonido certo? CE 72 1 Cada um receberá no juízo segundo as obras praticadas no corpo, sejam boas, sejam más. Recomenda-nos o Salvador: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." Marcos 14:38. Se encontramos dificuldades e, no poder de Cristo, as vencemos; se nos defrontamos com inimigos e, no poder de Cristo, pomo-los em fuga; se aceitamos responsabilidades e, na força de Cristo, delas nos desempenhamos fielmente, então estamos adquirindo preciosa experiência. Aprendemos, como não poderíamos fazer de outro modo, que nosso Salvador é socorro bem presente em todo tempo de necessidade. CE 72 2 Em nosso colégio há a fazer uma grande obra, a qual exige a cooperação de todo professor; e desagrada a Deus que uns desanimem os outros. Mas quase todos parecem esquecer que Satanás é acusador dos irmãos, e se unem com o inimigo nessa obra. Enquanto professos cristãos contendem, Satanás está preparando suas armadilhas para os pés inexperientes das crianças e dos jovens. Aos que são possuidores de experiência religiosa cumpre escudar os jovens contra os seus ardis. Jamais deverão esquecer que eles próprios foram, uma vez, fascinados com os prazeres do pecado. Necessitamos a misericórdia e a paciência de Deus a toda hora, ficando-nos portanto muito impróprio o impacientar-nos com os erros da inexperiente juventude! Enquanto Deus os suporta, ousaremos nós, que também somos pecadores, repeli-los? CE 72 3 É nosso dever considerar sempre os jovens como a aquisição do sangue de Cristo. Como tais, têm eles direito ao nosso amor, paciência, simpatia. Se queremos seguir a Jesus, não podemos restringir nosso interesse e afeições a nós mesmos e às pessoas de nossa própria família; não nos é dado dispensar o tempo e a atenção a assuntos temporais, e esquecer os interesses eternos dos que nos rodeiam. Tem-se-me mostrado que é resultado de nosso próprio egoísmo o não haver uma centena de jovens empenhados em fervoroso trabalho de salvação do seu próximo onde agora só existe um. "Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei", é o mandamento de Jesus. Considerai Sua abnegação; vede a espécie de amor que Ele tem dispensado; procurai então imitar o Modelo. CE 73 1 Nos moços e moças que têm atuado como professores em nosso colégio tem havido muita coisa que desagrada a Deus. Tendes estado tão absorvidos em vós mesmos, e de tal modo vazios de espiritualidade, que não pudestes levar os jovens à santidade e ao Céu. Muitos têm retornado a seus lares mais decididos em sua impenitência em virtude de vossa falta de amor por Deus e por Cristo. Andando sem o espírito de Jesus, tendes encorajado a irreligiosidade, a leviandade e a ausência de bondade naqueles em quem tendes tolerado esses males que vos são próprios. O resultado deste procedimento não compreendeis: perdem-se almas que poderiam ter sido salvas. CE 73 2 Muitos têm fortes sentimentos contra o irmão _____. Acusam-no de falta de bondade, de dureza e severidade. Mas alguns dentre os que o condenariam não são menos culpados. "Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra." O irmão _____ nem sempre tem agido com sabedoria, e não tem sido fácil convencê-lo onde deixou de fazer o que melhor convinha. Ele não se tem mostrado tão disposto a receber conselho e modificar o seu método de instrução e sua maneira de tratar com os estudantes quanto devia. Mas os que o condenariam por seus defeitos, poderiam por sua vez ser igualmente condenados. Cada pessoa tem peculiares defeitos de caráter. Alguém pode estar livre de fraquezas que vê em seu irmão, embora possa ter ao mesmo tempo faltas muito mais graves à vista de Deus. CE 73 3 Este cruel criticismo de uns aos outros é inteiramente satânico. Foi-me mostrado que o irmão _____ merece consideração pelo bem que tem feito. Seja tratado com bondade. Ele tem realizado o trabalho que devia ter sido dividido por três homens. Os que estão avidamente procurando suas faltas vejam o que eles têm feito em comparação com ele. Ele mourejou enquanto outros procuravam descanso e prazeres. Ele está exausto; Deus desejaria vê-lo aliviado de algumas de suas cargas extras por algum tempo. São tantas as coisas com que tem de dividir o seu tempo e atenção que não pode fazer justiça a ninguém. CE 74 1 Não deve o irmão _____ permitir que seu combativo espírito se exalte e o conduza à justificação própria. Ele tem dado ocasião a insatisfações. O Senhor tem-lhe apresentado isto em testemunho. CE 74 2 Os estudantes não devem ser encorajados em hábito de procurar faltas. Este espírito de queixa aumentará se encorajado, e os estudantes sentir-se-ão em liberdade de criticar os professores que não desfrutam sua estima, e o espírito de insatisfação e discórdia aumentará rapidamente. Isto deve reprimir-se até que seja extinto. Não será este mal corrigido? Não abandonarão os professores o seu desejo de supremacia? Não trabalharão em humildade, em amor e harmonia? O tempo o dirá. ------------------------Capítulo 8 -- Importante testemunho CE 75 1 Healdsburg, Califórnia, 28 de Março de 1882, Caro irmão _____: Sua carta foi recebida no devido tempo. Conquanto me alegrasse por trazer notícias suas, entristeceu-me o seu conteúdo. Eu havia recebido cartas similares da irmã _____ e do irmão _____. Mas não tenho tido quaisquer informações por parte do irmão _____ ou de alguém que o apóie. Por meio de suas próprias cartas tomo conhecimento de sua posição nas medidas contra o irmão _____. CE 75 2 Não me surpreende que tal estado de coisas exista em Battle Creek, mas pesa-me vê-lo, meu estimadíssimo irmão, envolvido nesta questão do lado errado com aqueles que eu sei Deus não está dirigindo. Algumas dessas pessoas são honestas, mas estão equivocadas. Receberam suas impressões de outra fonte que não o Espírito de Deus. CE 75 3 Eu tenho tido muito cuidado em não expor minha opinião sobre assuntos importantes a pessoas individualmente, pois tira-se muitas vezes vantagem injusta do que eu digo mesmo do modo mais confidencial. Pessoas põem-se em campo para arrancar observações de minha parte sobre diferentes pontos, depois distorcem, interpretam mal, e fazem que minhas palavras expressem idéias e opiniões inteiramente diferentes das que eu mantenho. Mas isto eles terão de enfrentar diante do tribunal de Deus. CE 76 1 No caso de suas presentes dificuldades decidi manter silêncio; achei que poderia ser melhor deixar que as coisas se desenvolvessem, de modo que os que se haviam mostrado tão prontos a censurar meu marido pudessem ver que o espírito de murmuração existia em seus próprios corações e estava ainda ativo, agora que o homem de quem haviam-se queixado estava silenciosamente dormindo na sepultura. CE 76 2 Eu sabia que uma crise devia vir. Deus tem dado a este povo claros e definidos testemunhos para evitar este estado de coisas. Tivessem eles obedecido à voz do Espírito Santo em advertir, aconselhar e rogar, e poderiam estar agora desfrutando união e paz. Mas esses testemunhos não têm sido ouvidos pelos que professavam neles crer, e como resultado tem havido grande afastamento de Deus e a retirada de Sua bênção. CE 76 3 Para efetuar a salvação de homens, Deus emprega diferentes instrumentalidades. Fala-lhes por meio de Sua Palavra e de Seus ministros, e envia pelo Espírito Santo mensagens de advertência, de reprovação e de instrução. Esses são meios destinados a iluminar o entendimento do povo, a revelar-lhes seus deveres e seus pecados, e as bênçãos que podem receber; destinam-se a despertar neles o senso de necessidade espiritual, de modo que possam ir a Cristo e nEle encontrar a graça de que necessitam. Muitos, porém, preferem seguir o seu próprio caminho em vez do caminho de Deus. Não estão reconciliados com Deus, nem podem estar, até que o eu seja crucificado e Cristo viva no coração pela fé. CE 76 4 Cada pessoa, por seu próprio ato, ou afasta Cristo de si por recusar estimar o Seu espírito e seguir o Seu exemplo, ou entra em união pessoal com Ele mediante renúncia, fé e obediência. Nós precisamos, cada um por si mesmo, escolher a Cristo, porque Ele nos escolheu primeiro. Esta união com Cristo deve ser formada pelos que estão naturalmente em inimizade com Ele. É uma relação de perfeita dependência a que deve entrar o orgulhoso coração. Esta é uma obra muito pessoal, e muitos que professam ser seguidores de Cristo nada conhecem dela. Nominalmente aceitam o Salvador, mas não como o único Senhor de seu coração. CE 77 1 Alguns sentem a necessidade de expiação, e com o reconhecimento desta necessidade e o desejo de mudança de coração, começa a luta. Renunciar à própria vontade, talvez a estimados objetos de afeição ou apreço, requer esforço, no que muitos hesitam, e falham e recuam. Todavia esta batalha tem de ser travada por todo coração que esteja realmente convertido. Temos de guerrear contra as tentações de fora e de dentro. Precisamos alcançar a vitória sobre o eu, crucificar as afeições e os desejos; e então começa a união da alma com Cristo. Assim como o ramo ressequido e notoriamente sem vida é enxertado na árvore viva, podemos tornar-nos ramos vivos da Verdadeira Videira. E os frutos produzidos por Cristo serão produzidos por todos os Seus seguidores. Depois de ser formada esta união, ela só pode ser preservada mediante contínuo, fervente e penoso esforço. Cristo exerce o Seu poder para preservar e guardar este sagrado vínculo, e o dependente, desajudado pecador, precisa fazer a sua parte com incansável energia, ou Satanás o separará de Cristo mediante seu poder cruel e ardiloso. CE 77 2 Todo cristão precisa manter-se em guarda continuamente, vigiando cada avenida da alma por onde Satanás possa encontrar acesso. Ele necessita orar por divino auxílio e ao mesmo tempo resistir resolutamente a toda inclinação para o pecado. Mediante coragem, fé, perseverante esforço, ele pode vencer. Mas lembre-se de que para alcançar a vitória Cristo precisa habitar nele e ele em Cristo. CE 77 3 A união dos crentes com Cristo terá como resultado natural a união de uns com os outros, união cujo vínculo é o mais duradouro sobre a Terra. Somos um em Cristo, como Cristo é Um com o Pai. Os cristãos são ramos, apenas ramos, na Videira viva. Um ramo não deve tirar o seu sustento de outro ramo. Nossa vida tem de vir da videira-mãe. É somente mediante união pessoal com Cristo, por comunhão com Ele diariamente, a toda hora, que podemos produzir os frutos do Espírito Santo. CE 78 1 Na igreja de Battle Creek penetrou um espírito que não tem parte em Cristo. Não é o zelo pela verdade, nem o amor pela vontade de Deus como revelada em Sua Palavra. É um espírito de justiça própria. Ele vos leva a exaltar o eu acima de Jesus e a considerar vossas próprias opiniões e idéias como mais importantes do que a união com Cristo e de uns com os outros. Sois tristemente carentes em amor fraternal. Sois uma igreja apostatada. Conhecer a verdade, professar união com Cristo, e todavia não produzir fruto, não viver no exercício de constante fé -- isto endurece o coração na desobediência e na confiança própria. Nosso crescimento na graça, nosso gozo, nossa utilidade, tudo depende de nossa união com Cristo e o grau de fé que nEle exercemos. Aqui está a fonte de nosso poder no mundo. CE 78 2 Muitos de vós estais procurando honra uns dos outros. Mas o que é honra ou aprovação de homens a quem se considera filho de Deus e co-herdeiro de Cristo? Que são os prazeres do mundo a quem está diariamente a partilhar do amor de Cristo que excede o entendimento? Que são o desprezo e a oposição do homem para quem é aceito por Deus mediante Jesus Cristo? O egoísmo não pode subsistir no coração que está exercendo fé em Cristo, mais do que poderiam conviver luz e trevas. Frieza espiritual, indolência, orgulho e covardia, tudo recua ante a presença da fé. Podem os que estão de tal modo unidos a Cristo como o ramo o está na videira, falar de qualquer pessoa senão de Jesus? CE 78 3 Estais em Cristo? Não, se vos não reconhecerdes como transviados, desajudados, condenados pecadores. Não, se estais exaltando e glorificando o próprio eu. Se há qualquer bem em vós, deve atribuir-se inteiramente à misericórdia de um compassivo Salvador. Vosso nascimento, vossa reputação, vossa riqueza, vossos talentos, vossas virtudes, piedade, filantropia, ou qualquer outra coisa em vós ou convosco relacionada, não formará um laço de união entre vossa alma e Cristo. Vossa ligação com a igreja, o modo como os irmãos vos considerem, não terá qualquer valor a menos que creiais em Cristo. Não basta crer a respeito dEle; precisais crer nEle. Tendes de confiar inteiramente em Sua graça salvadora. CE 79 1 Muitos de vós em Battle Creek estais vivendo sem oração, sem reflexão sobre Cristo e sem exaltá-Lo diante dos que vos rodeiam. Não tendes palavras para exaltar a Cristo; não praticais obras que O honrem. Muitos de vós são tão estranhos a Cristo como se jamais houvessem realmente ouvido o Seu nome. Não tendes a paz de Cristo, pois não possuís o verdadeiro terreno para a paz. Não tendes comunhão com Deus porque não estais unidos em Cristo. Disse nosso Salvador: "Ninguém vem ao Pai, senão por Mim." Não tendes utilidade na causa de Cristo. A não ser que permaneçais em Mim, disse Jesus, nada podeis fazer -- nada à vista de Deus, nada que Cristo aceite de vossas mãos. Sem Cristo nada podeis ter exceto uma enganadora esperança, pois Ele mesmo declara: "Se alguém não permanecer em Mim, será lançado fora à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo, e o queimam." CE 79 2 O progresso na vida cristã é caracterizado por maior humildade, em resultado do aumento de conhecimento. Todo aquele que é unido a Cristo se afastará de toda a iniqüidade. Digo-vos, no temor de Deus, que me foi mostrado que muitos de vós perderão a vida eterna porque estais erguendo vossas esperanças do Céu sobre um alicerce falso. Deus vos está deixando aos cuidados próprios, "para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração". Negligenciastes as Escrituras. Desprezais e rejeitais os testemunhos porque eles reprovam vossos acariciados pecados e perturbam vossa autocomiseração. Quando Cristo é desejado no coração, Sua semelhança será revelada na vida. Reinará a humildade onde outrora predominava o orgulho. A submissão, a mansidão e a paciência abrandarão as asperezas da disposição por natureza perversa, impetuosa. O amor a Jesus se manifestará em amor ao Seu povo. Não é intermitente, espasmódico, mas calmo, profundo e forte. A vida do cristão será despida de toda a pretensão, livre de toda a afetação, artifício e falsidade. É fervorosa, verdadeira, sublime. Cristo fala em cada uma de suas palavras. Ele é visto em cada ação. A vida irradia a luz de um Salvador a habitar no íntimo. Em colóquio com Deus e em feliz contemplação das coisas celestiais, a alma se prepara para o Céu, empenhando-se em reunir outras almas no redil de Cristo. Nosso Salvador é capaz de fazer por nós mais do que podemos pedir ou mesmo imaginar, e está disposto a fazê-lo. CE 80 1 A igreja de Battle Creek necessita de um espírito de humildade e altruísmo. Tem-me sido mostrado que muitos estão abrigando um não santificado desejo de supremacia. Muitos gostam de ser adulados, e estão zelosamente procurando falhas ou negligências. Há um espírito de dureza, de ausência de perdão. Há inveja, atritos, emulações. CE 80 2 Nada há tão essencial à comunhão com Deus do que a mais profunda humildade. "Habito", diz o Alto e Sublime, "também com o contrito e abatido de espírito." Enquanto avidamente procurais ser o primeiro, lembrai-vos de que sereis o último no favor de Deus se deixardes de acariciar um espírito manso e humilde. Orgulho de coração será a causa de muitos falharem onde poderiam ter tido êxito. "A humildade precede a honra", e "melhor é o paciente do que o arrogante." "Quando falava Efraim, havia tremor, foi exaltado em Israel, mas ele se fez culpado no tocante a Baal, e morreu." "Muitos são chamados, mas poucos escolhidos." Muitos ouvem o convite de misericórdia, são testados e provados; mas poucos são selados com o selo do Deus vivo. Poucos se mostrarão humildes como uma criancinha, para que possam entrar no reino do Céu. CE 80 3 Poucos recebem a graça de Cristo com humildade, com profundo e permanente senso de sua indignidade. Eles não podem portar as manifestações do poder de Deus, porque isto os encorajaria na estima a si mesmos, no orgulho e na inveja. É por isto que o Senhor pode fazer tão pouco por nós agora. Deus gostaria que individualmente buscásseis a perfeição do amor e humildade em vosso próprio coração. Aplicai vossos principais cuidados a vós mesmos, cultivai aquelas excelências de caráter que vos capacitarão para a sociedade dos puros e santos. CE 81 1 Todos necessitais do poder convertedor de Deus. Precisais buscá-Lo por vós mesmos. Por amor de vossa alma, não negligencieis mais esta obra. Todo o vosso problema resulta de vossa separação de Deus. Vossa desunião e dissensões são fruto de um caráter não cristão. CE 81 2 Eu havia pensado em permanecer calada e deixar que prosseguísseis até que pudésseis ver e abominar a pecaminosidade de vossa conduta; mas o afastamento de Deus produz dureza de coração e cegueira de espírito, e há cada vez menos percepção do verdadeiro estado, até que a graça de Deus é finalmente retirada, como aconteceu com a nação judaica. CE 81 3 Desejo que minha posição seja claramente compreendida. Não simpatizo com o procedimento adotado em relação ao irmão _____. O inimigo tem insuflado sentimentos de ódio no coração de muitos. Os erros por ele cometidos têm sido levados de pessoa a pessoa, constantemente aumentando em magnitude, à medida que línguas ativas, mexeriqueiras, lançavam combustível ao fogo. Pais que jamais sentiram a preocupação que deviam pela alma de seus filhos, e que jamais lhes deram a necessária disciplina e instrução, agora são os que fazem a mais amarga oposição quando seus filhos são disciplinados, reprovados ou corrigidos na escola. Alguns desses filhos são uma infelicidade para a igreja e para o nome de adventistas. CE 81 4 Os pais desprezaram eles mesmos a reprovação, e desprezaram a reprovação em seus filhos, e não tiveram o cuidado de ocultar-lhes isto. O pecado dos pais começou com sua má administração do lar. A alma de alguns desses filhos estará perdida, porque não receberam instrução da Palavra de Deus e não se tornaram cristãos no lar. Em vez de simpatizar com os filhos em seu perverso comportamento, os pais deviam tê-los reprovado e apoiado o fiel professor. Esses pais não estavam eles mesmos unidos com Cristo, e esta é a razão de sua terrível negligência do dever. O que eles têm semeado, também irão ceifar. Estejam certos da colheita. CE 82 1 Na escola o irmão _____ não tem sido sobrecarregado apenas com a má conduta dos filhos, mas pela desavisada orientação dos pais também, que produziram e nutriram o ódio à disciplina. O excesso de trabalho, o incessante cuidado, sem nenhuma ajuda no lar, antes sob constante irritação, levaram-no algumas vezes a perder o domínio próprio e a agir desavisadamente. Alguns têm tirado vantagens disto, e faltas de pequena importância têm sido apresentadas como graves pecados. CE 82 2 A classe de professos guardadores do sábado que procuram formar uma união entre Cristo e Belial, que sustentam a verdade com uma das mãos, e com a outra o mundo, tem circundado os seus filhos e envolvido a igreja com uma atmosfera inteiramente estranha à religião e ao Espírito de Cristo. Não têm ousado opor-se abertamente aos reclamos da verdade, nem tomam nítida posição para dizer que não crêem nos testemunhos; mas, ao passo que nominalmente crêem em ambos, não obedecem a nenhum. Por seu comportamento têm negado a ambos. Desejam que o Senhor cumpra para com eles Suas promessas, mas recusam aceitar as condições sobre que estão baseadas essas promessas. Não estão dispostos a renunciar a nenhum concorrente por Cristo. Sob a pregação da Palavra há uma supressão parcial do mundanismo, mas nenhuma radical mudança das afeições. Desejos mundanos, concupiscência da carne, concupiscência dos olhos, soberba da vida, ganham finalmente a vitória. Esta classe é toda composta de cristãos professos. Seus nomes estão nos livros da igreja. Por algum tempo eles vivem aparentemente uma vida religiosa, e então entregam o coração, não raro definitivamente, à predominante influência do mundo. CE 83 1 Sejam quais forem as faltas do irmão _____, vossa conduta é injustificada e anticristã. Tendes revisto sua história de anos e procurado tudo que fosse desfavorável, toda sombra de mal, e o transformastes em ofensor por uma palavra. Tendes trazido todos os recursos que podíeis comandar para sustentar-vos em vosso procedimento como acusador. Lembrai-vos, Deus tratará do mesmo modo com cada um de vós. "Com o juízo com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão a vós." Os que têm participado deste infeliz procedimento enfrentarão sua obra de novo. Que influência pensais terá vosso comportamento sobre os estudantes, os quais jamais toleram disciplina? Como essas coisas lhes afetarão o caráter e a história de sua vida? CE 83 2 Que dizem os testemunhos sobre essas coisas? Uma simples falha de caráter, um único desejo pecaminoso acariciado, neutralizará fatalmente todo o poder do evangelho. A predominância de um desejo pecaminoso mostra o engano da alma. Cada condescendência para com esse desejo fortalece a aversão da alma para com Deus. As penas do dever e os prazeres da alma são as cordas com que Satanás prende os homens em suas armadilhas. Os que preferem antes morrer a praticar um ato errôneo são os únicos que serão achados fiéis. CE 83 3 Uma criança pode receber saudável instrução religiosa; mas se os pais, professores ou responsáveis, permitirem que seu caráter seja influenciado por um só hábito errôneo, esse hábito, se não vencido, tornar-se-á um poder predominante, e a criança está perdida. CE 83 4 O testemunho levado a vós pelo Espírito de Deus é: Não parlamenteis com o inimigo. Destruí os espinhos, ou eles vos destruirão a vós. Trabalhai o solo inculto do coração. Seja a obra profunda e completa. Que o arado da verdade remova as urzes e ervas daninhas. CE 83 5 Disse Cristo aos fariseus irados e acusadores: "O que dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra" Estavam sem pecado os que tão pronto se mostraram em acusar e condenar o irmão _____? Fosse o seu caráter investigado tão severa e publicamente como o foi o do irmão _____, e alguns deles apareceriam muito pior do que procuraram apresentar o dele. CE 84 1 Não ouso permanecer calada por mais tempo. Falo ao irmão e à igreja de Battle Creek. Cometestes um grande erro. Tratastes com injustiça alguém com quem vós e vossos filhos tendes um débito de gratidão que não compreendeis. Sois responsáveis pela influência que tendes exercido sobre o colégio. Veio a paz porque os estudantes vivem a seu modo. Em outra crise eles estarão tão determinados e perseverantes como estiveram nesta ocasião; e, se encontrarem advogado tão hábil como encontraram no irmão _____, poderão de novo alcançar o seu objetivo. Deus tem estado a falar aos professores, aos estudantes e aos membros da igreja, mas haveis lançado Suas palavras para trás das costas. Tendes achado ser melhor seguir vosso próprio caminho, independente das conseqüências. CE 84 2 Deus nos tem dado, como um povo, advertências, reprovações e alerta por todos os lados, a fim de conduzir-nos para longe dos costumes e processos mundanos. Ele requer de nós que sejamos peculiares na fé e no caráter, a fim de alcançarmos uma norma mais avançada do que a dos que pertencem ao mundo. O irmão _____ veio entre vós, não familiarizado com o modo de o Senhor nos tratar. Sendo recém-vindo à fé, ele tinha que aprender quase tudo. No entanto vós, sem hesitar, concordastes com o seu parecer. Sancionastes nele um espírito e um modo de agir que nada tem de Cristo. CE 84 3 Tendes encorajado nos estudantes um espírito de crítica que o Espírito de Deus tem procurado reprimir. Vós os haveis levado a trair confiança. Há entre nós não poucas pessoas jovens que devem muitos de seus valiosos traços de caráter ao conhecimento e princípios recebidos do irmão _____. No preparo com ele muitos devem muito de sua utilidade, não somente na Escola Sabatina, mas também em vários outros ramos de nossa obra. No entanto vossa influência encorajou a ingratidão, e isto tem levado os estudantes a desprezar as coisas que deviam estimar. CE 85 1 Os que não têm os traços peculiares a que outros estão sujeitos podem vangloriar-se de ser melhores do que esses. Sejam postos, porém, na fornalha da aflição, e poderão não resistir pelo menos tão bem como os outros a quem censuram e julgam mal. Quão pouco podemos saber da angústia de coração de outrem. Quão poucos compreendem as circunstâncias de outros. Daí a dificuldade de aconselhar de modo sábio. O que nos pode parecer apropriado poderá ser, na realidade, exatamente o contrário. CE 85 2 O irmão _____ tem sido um fervoroso pesquisador do conhecimento. Ele tem procurado imprimir nos estudantes o senso de que são responsáveis por seu tempo, talentos e oportunidades. É impossível a um homem ter tantos cuidados, carregar tão pesadas responsabilidades sem se tornar precipitado, exausto e nervoso. Os que recusam aceitar encargos que lhes absorverão as forças ao máximo, nada sabem das pressões a que estão sujeitos os que têm de levar esses fardos. CE 85 3 Há no colégio alguns que só têm olhado para o que lhes desagrada e desaprovam em seu relacionamento com o irmão _____. Essas pessoas não possuem aquele espírito nobre, semelhante ao de Cristo, que não pensa mal. Eles têm feito o máximo de cada palavra ou ato inconsiderado, e a isso recorrem quando a inveja, o preconceito e o ciúme se mostram ativos em corações não cristãos. CE 85 4 Disse um escritor que "a memória da inveja não é mais do que uma fileira de ganchos onde dependurar os ressentimentos". Há no mundo muitos que consideram prova de superioridade referir coisas e pessoas que eles "não toleram", em vez de fazê-lo com referência a coisas e pessoas para que são atraídos. Não é assim que aconselha o grande apóstolo. Ele exorta os seus irmãos: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." CE 86 1 A inveja não é meramente uma perversidade do gênio, mas uma indisposição que perturba todas as faculdades. Começou com Satanás. Ele desejou ser o primeiro no Céu e, como não alcançasse todo o poder e glória que buscava, rebelou-se contra o governo de Deus. Invejou nossos primeiros pais, tentando-os ao pecado, e assim os arruinou, e a todo o gênero humano. CE 86 2 O invejoso fecha os olhos às boas qualidades e nobre ações dos outros. Está sempre pronto a desprezar e representar falsamente aquilo que é excelente. Os homens muitas vezes confessam e abandonam outras faltas; do homem invejoso, porém, pouco se pode esperar. Visto como invejar a alguém é admitir que ele é superior, o orgulho não tolerará nenhuma concessão. Se for feita uma tentativa de convencer de seu pecado a pessoa invejosa, ela se torna ainda mais amarga contra o objeto de sua paixão, e muitas vezes permanece incurável. CE 86 3 O invejoso espalha veneno aonde quer que vá, separando amigos, e suscitando ódio e rebelião contra Deus e o homem. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heróicos e abnegados esforços por alcançar ele mesmo o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros. CE 86 4 A inveja tem sido abrigada no coração de alguns na igreja como também no colégio. Deus está descontente com o vosso comportamento. Eu vos rogo, pelo amor de Cristo, a que jamais trateis a outros como tendes tratado o irmão _____. Uma natureza nobre não exulta em infligir sofrimento a outrem, nem se deleita em descobrir suas deficiências. O discípulo de Cristo desviar-se-á enojado do banquete do escândalo. Alguns que têm estado ativos nesta ocasião estão repetindo o comportamento seguido em relação a um dos servos do Senhor em aflição, alguém que havia sacrificado a saúde e a força em Seu serviço. O Senhor vindicou a causa do oprimido e voltou a luz do Seu rosto para o Seu servo sofredor. Então vi que Deus provaria essas pessoas de novo, como faz agora, a fim de revelar o que havia em seus corações. CE 87 1 Quando Davi pecou, Deus lhe propôs escolher sofrer a punição de Sua mão ou da mão do homem. O arrependido rei escolheu cair nas mãos de Deus. A terna misericórdia do ímpio é crueldade. O homem falho, pecador, que só pode manter-se no caminho reto pelo poder de Deus, é não obstante duro de coração, incapaz de perdoar o irmão que erra. Meus irmãos em Battle Creek, que conta prestareis ante o tribunal de Deus? Grande luz tem chegado a vós, em reprovações, advertências e apelos. Como tendes espezinhado os raios de luz que o Céu vos envia! CE 87 2 A língua que se deleita no dano que causa, a língua parladora que diz: Conte, e eu o espalharei, diz o apóstolo Tiago que é inflamada pelo inferno. Espalha tições de fogo por toda parte. Que importa ao tagarela se ele difama o inocente? Ele não deterá sua obra iníqua, embora destrua a esperança e o ânimo naqueles que já se estão a submergir sob as suas cargas. Só se lhe dá condescender com a sua inclinação de amar o escândalo. Mesmo professos cristãos fecham os olhos a tudo que é puro, honesto, nobre e amável, entesourando tudo que é objetável e desagradável, e publicando-o ao mundo. CE 87 3 Vós mesmos tendes aberto a porta para que Satanás entre. Tendes-lhe dado honroso lugar em vossas reuniões de investigação ou sindicância. Mas não haveis mostrado respeito algum pelas excelências de um caráter firmado por anos de fidelidade. Línguas ciumentas e vingativas têm colorido atos e motivos para que expressem suas idéias pessoais. Têm feito que o preto pareça branco, e o branco preto. Quando postos em face de suas afirmações, alguns têm dito: "É verdade." Admitindo que o fato afirmado seja verdadeiro, isto justificaria vossa conduta? Não, não. Se Deus tomasse todas as acusações que podem em verdade ser levantadas contra vós, e delas fizesse um açoite para punir-vos, vossas feridas seriam mais numerosas e mais profundas do que as que tendes infligido ao irmão _____. Mesmo fatos podem ser apresentados de modo a dar uma falsa impressão. Não tendes o direito de juntar todo relato contra ele e usá-lo para arruinar-lhe a reputação e destruir sua utilidade. Manifestasse o Senhor para convosco o mesmo espírito que tendes demonstrado para com vosso irmão, e seríeis destruídos sem misericórdia. Não sentis compunção de consciência? Temo que não. Veio o tempo desta satânica fascinação libertar o seu poder. Se o irmão _____ fosse tudo o que dele dizeis -- e eu creio que não é -- ainda assim vosso comportamento seria injustificado. CE 88 1 Quando damos ouvidos a uma difamação contra nosso irmão, somos responsáveis pela mesma À pergunta: "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte?" responde o salmista: "Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo." Salmos 15:1-3. CE 88 2 Que mundo de vã tagarelice seria evitado, se todo homem se lembrasse de que aqueles que lhe contam as faltas dos outros, com a mesma sem-cerimônia publicarão as faltas dele, em se apresentando oportunidade! Devemos esforçar-nos por pensar bem de todos os homens, especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados a pensar de outro modo. Não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são muitas vezes resultado de inveja ou mal-entendidos, ou podem proceder de exageros ou de uma exposição de fatos tendenciosa. O ciúme e a suspeita, uma vez se lhes tendo dado lugar, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de cardo. Se um irmão se desvia, é então ocasião de nele mostrardes vosso real interesse. Ide ter com ele bondosamente, orai com ele e por ele, lembrados do preço infinito que Cristo pagou por sua redenção. Deste modo podereis salvar da morte uma alma e cobrir multidão de pecados. CE 89 1 Um olhar, uma palavra, mesmo uma inflexão da voz, podem ser a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum coração, infligindo-lhe ferida incurável. Assim uma dúvida, uma difamação, pode ser lançada sobre uma pessoa por intermédio da qual Deus iria realizar uma boa obra, prejudicando-lhe a influência e destruindo-lhe a utilidade. Entre algumas espécies de animais, se um dentre eles é ferido e cai, é imediatamente atacado e rasgado em pedaços por seus companheiros. No mesmo espírito cruel condescendem homens e mulheres que tomam o nome de cristãos. Manifestam um zelo farisaico em apedrejar outros menos culpados que eles. Alguns há que apontam para as faltas e fracassos alheios, a fim de distrair a atenção dos outros dos seus próprios, ou para serem considerados muito zelosos em prol de Deus e da igreja. CE 89 2 Faz poucas semanas fui levada em sonho a uma de vossas reuniões de investigação. Ouvi os testemunhos dados por estudantes contra o irmão _____. Esses mesmos estudantes haviam recebido grande benefício de sua fiel e completa instrução. Tempos houve em que eles não sabiam mais o que dizer em seu louvor. Era então popular estimá-lo. Mas agora a corrente ia em sentido contrário. Essas pessoas revelaram o seu verdadeiro caráter. Vi um anjo com um pesado livro aberto, no qual escrevia cada testemunho apresentado. Em frente a cada testemunho foram escritos os pecados, defeitos, os erros do que dera o testemunho. Eram então registrados os grandes benefícios que essas pessoas haviam recebido dos trabalhos do irmão _____. CE 89 3 Nós, como um povo, estamos colhendo os frutos do duro trabalho do irmão _____. Não há entre nós uma só pessoa que tenha dedicado mais tempo e preocupação ao seu trabalho do que o irmão _____. Ele compreende que não tem ninguém para apoiá-lo, e sente-se grato por qualquer encorajamento. CE 89 4 Um dos grandes objetivos a serem alcançados no estabelecimento do colégio era a separação de nossa juventude do espírito e influência do mundo, de seus costumes, orgia e idolatria. O colégio devia erguer uma barreira contra a imoralidade do presente século, que torna o mundo tão corrupto como nos dias de Noé. Os jovens são seduzidos com a mania de namoro e casamento. Prevalece o sentimentalismo doentio. Grande vigilância e tato são necessários para proteger a juventude contra essas influências errôneas. Muitos pais são cegos às tendências de seus filhos. Alguns pais têm-me declarado, com grande satisfação, que seus filhos ou filhas não tinham o desejo de atenções do sexo oposto, quando na verdade esses filhos estavam nesse mesmo tempo secretamente dando ou recebendo tais atenções, e os pais estavam tão absorvidos em mundanismo e mexericos que nada sabiam do assunto. CE 90 1 O objetivo primordial de nosso colégio era permitir aos moços uma oportunidade de estudar para o ministério e preparar jovens de ambos os sexos para se tornarem obreiros nos diferentes ramos da causa. Esses estudantes precisavam do conhecimento dos aspectos comuns da educação e, acima de tudo, do conhecimento da Palavra de Deus. Nisto nossa escola tem-se mostrado deficiente. Não tem aparecido um homem devotado a Deus que se dedique a este ramo da obra. Jovens movidos pelo Espírito de Deus a se entregarem ao ministério vêm ao colégio para este propósito, e ficam desapontados. O preparo adequado para esta classe não tem sido feito, e alguns dos professores, sabendo disto, têm aconselhado os jovens a tomarem outras matérias e a se prepararem para outras carreiras. Se esses jovens não fossem firmes em seu propósito, seriam induzidos a abandonar a idéia de estudar para o ministério. CE 90 2 Tal é o resultado da influência exercida por professores não santificados, que trabalham apenas por salário, que não estão imbuídos do Espírito de Deus e não têm união com Cristo. Ninguém tem estado mais ativo neste trabalho do que o irmão _____. A Bíblia deve ser um dos principais assuntos de estudo. Este Livro, que nos diz como viver a vida presente, de modo que possamos assegurar-nos a vida futura, imortal, é de mais valor para os estudantes do que qualquer outro. Temos apenas breve período para nos familiarizarmos com suas verdades. Mas aquele que havia feito da Palavra de Deus o seu estudo, e que mais do que qualquer outro professor ajudou os jovens a obter o conhecimento das Escrituras, foi afastado da escola. CE 91 1 Professores e mestres não têm compreendido o propósito do colégio. Temos empregado meios, preocupação e trabalho para fazê-lo o que Deus deseja ele fosse. A vontade e o discernimento dos que são quase totalmente ignorantes do modo em que Deus nos tem conduzido como um povo, não devia ter uma influência dominante neste colégio. O Senhor tem mostrado repetidamente que não devemos copiar o modelo de escolas populares. Ministros de outras denominações despendem anos para obter educação. Nossos jovens devem conseguir a sua em pouco tempo. Onde há agora um obreiro devia haver vinte preparados por nosso colégio com a ajuda de Deus, para entrar no campo evangélico. CE 91 2 Muitos de nossos obreiros jovens, e alguns de mais experiência, estão negligenciando a Palavra de Deus e também desprezando os testemunhos do Seu Espírito. Não sabem o que os testemunhos contêm, e não desejam saber. Não querem descobrir e corrigir seus defeitos de caráter. Muitos pais não buscam eles próprios instrução dos testemunhos, e naturalmente não podem partilhá-la com seus filhos. Mostram descaso pela luz que Deus deu, ao procederem diretamente contrário a Sua instrução. Os que estão no coração da obra têm dado o exemplo. CE 91 3 Tendes publicado ao mundo vossas disputas. Pensais que permaneceis, como um povo, numa luz mais favorável em Battle Creek? Cristo orou que Seus discípulos fossem um, como Ele era Um com o Pai, a fim de que o mundo soubesse que Deus O enviara. Que testemunho tendes dado durante os poucos meses passados? O Senhor está olhando o interior de cada coração. Ele pesa nossos motivos. Provará cada alma. Quem resistirá ao teste? ------------------------Capítulo 9 -- Fundo de auxílio para estudantes CE 93 1 Não é desejável fixar taxas escolares muito baixas. Elas devem ser suficientes para fazer face às despesas, principalmente se o colégio não é muito subvencionado. Os que realmente prezam as vantagens que ali se obtêm farão esforço extra para alcançá-las. A maior parte dos que seriam induzidos a vir em virtude do preço baixo não beneficiaria de modo algum outros estudantes ou a igreja. Quanto maior o número, maior tato, mais habilidade e vigilância seriam necessários para com eles tratar. CE 93 2 Quando o colégio teve o seu início, havia um fundo conservado no escritório da Review and Herald para benefício dos que desejavam obter educação, mas não tinham recursos. Este fundo foi usado por vários estudantes, que assim tiveram bom começo e puderam ganhar o suficiente para repor a importância usada, de modo que outros pudessem dela beneficiar-se. CE 93 3 Alguma providência deve ser tomada agora a fim de ser mantido tal fundo para empréstimo a estudantes pobres mas dignos, que desejam preparar-se para a obra missionária. Há entre nós pessoas de habilidade, que poderiam prestar bom serviço à causa, fossem eles tão-somente procurados e encorajados. Quando qualquer desses é demasiado pobre para obter as vantagens do colégio, as igrejas devem considerar um privilégio assumir suas despesas. Os jovens precisam ter claramente diante de si o fato de que até onde seja possível devem trabalhar para fazer frente a suas despesas. O que custa pouco será pouco apreciado. O que custa algo que esteja perto do seu real valor será considerado nessa base. Mas as igrejas em diferentes campos devem sentir que uma solene responsabilidade sobre elas repousa em relação ao preparo da juventude e à educação de pessoas de mais idade para se empenharem no esforço missionário. Quando vêem alguém de seu meio que dê indicações de se tornar obreiro útil, mas sem condições de se educar, devem assumir a responsabilidade de enviá-lo ao colégio para que se instrua e se desenvolva. -- Testimonies for the Church 5:555, 556. ------------------------Capítulo 10 -- Obreiros em nosso colégio CE 94 1 O próprio fundamento para toda verdadeira prosperidade em nosso colégio está numa íntima união com Deus por parte dos professores e estudantes. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Seus preceitos devem ser reconhecidos como regra de vida. Na Bíblia a vontade de Deus está revelada a Seus filhos. Onde quer que ela seja lida -- no círculo familiar, na escola ou na igreja -- todos devem tributar-lhe calma e devotada atenção, como se Deus estivesse de fato presente e falando-lhes a eles. CE 94 2 Nem sempre tem sido mantida em nossa escola uma elevada norma religiosa. A maioria tanto de professores como de estudantes está constantemente procurando conservar sua religião fora de vista. Este tem sido especialmente o caso desde que pessoas do mundo têm financiado o colégio. Cristo requer de todos os Seus seguidores confissão corajosa e franca de sua fé. Cada um tem de tomar a sua posição e ser o que Deus deseja que ele seja: um espetáculo para o mundo, para os anjos e para os homens. Todo cristão deve ser uma luz, não oculta sob o alqueire ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que ilumine a todos que estão na casa. CE 95 1 Os professores em nosso colégio não devem conformar-se com os costumes do mundo nem adotar os seus princípios. Os atributos que Deus mais preza são caridade e pureza. Esses atributos devem ser estimados por todo cristão. "Todo aquele que ama é nascido de Deus, e conhece a Deus." "Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e Sua palavra em nós é aperfeiçoada." "Como Ele é O veremos. E todo aquele que tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro." CE 95 2 Deus tem estado a mover o coração de jovens para que se devotem ao ministério. Eles têm vindo ao nosso colégio na esperança de encontrar aí vantagens que não obteriam em nenhum outro lugar. Mas a solene convicção do Espírito de Deus tem sido levianamente considerada pelos professores que conhecem muito pouco do valor das almas e sentem muito pouco o fardo de sua salvação, e têm procurado desviar os jovens do caminho a que Deus tem procurado conduzi-los. CE 95 3 A retribuição pelo trabalho de professores bem qualificados é muito mais alta do que a de nossos pastores, e o professor não chega a trabalhar tanto nem se sujeita a tantas inconveniências como o pastor que se dá inteiramente ao trabalho. Estas coisas são apresentadas perante os jovens, e eles têm sido encorajados a duvidar de Deus e a descrer de Suas promessas. Muitos têm escolhido o caminho mais fácil, preparando-se para ensinar ciências ou para empenhar-se em algum outro trabalho em vez de pregar a verdade. CE 95 4 Assim tem a obra de Deus sido obstada por professores não consagrados, que professam crer na verdade, mas não têm no coração o amor à mesma. O jovem educado é ensinado a considerar suas habilidades como demasiado preciosas para serem devotadas ao serviço de Cristo. Mas não possui Deus nenhum direito sobre ele? Quem lhe deu o poder de obter essa disciplina mental e de alcançar essas conquistas? São elas mantidas em termos de independência em relação a Jeová? CE 96 1 Muito jovem há que, ignorante do mundo, ignorante de suas fraquezas, ignorante do futuro, não sente nenhuma necessidade de uma divina mão para indicar-lhe o seu comportamento. Ele se considera absolutamente capaz de conduzir o seu próprio barco em meio às ondas encapeladas. Lembrem-se tais jovens que, aonde quer que vão, não estão fora dos domínios de Deus. Não estão livres para escolher o que desejarem sem consulta à vontade do seu Criador. CE 96 2 O talento é sempre melhor desenvolvido e melhor apreciado onde é mais necessário. Mas esta verdade é passada por alto por muitos que avidamente aspiram a distinção. Embora superficiais na experiência religiosa e nas consecuções mentais, sua cega ambição cobiça uma esfera de ação mais alta do que aquela em que a Providência os colocou. O Senhor não os chama, como fez a José e a Daniel, para resistir a tentações de honra mundana e alta posição. Mas eles forçam passagem para essas posições de perigo e desertam o único posto de dever para o qual estão habilitados. CE 96 3 O clamor macedônico está vindo a nós de todas as direções. "Enviem-nos obreiros", é o apelo urgente do leste e do oeste. Ao nosso redor há campos "brancos para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e entesoura o seu fruto para a vida eterna." Não é uma estultícia deixar de lado esses campos para empenhar-se nalgum negócio que só pode render lucro pecuniário? Cristo não quer obreiros egoístas que só estão procurando os mais altos salários. Ele chama os que estão dispostos a se tornarem pobres por amor a Ele, assim como Ele Se fez pobre por eles. Que incentivos foram apresentados diante de Cristo neste mundo? Insultos, zombaria, pobreza, vergonha, rejeição, traição e crucifixão. Procurarão os subpastores uma missão mais fácil que a do seu Mestre? CE 96 4 A Palavra de Deus é uma grande simplificadora dos complicados processos da vida. Ela concede divina sabedoria a cada fervoroso pesquisador. Jamais devemos esquecer que fomos redimidos pelo sofrimento. É o precioso sangue de Cristo que faz expiação por nós. Mediante labuta, sacrifícios e perigo, pela perda de bens terrenos, e em angústia de alma tem o evangelho sido levado ao mundo. Deus chama a jovens no vigor e força de sua juventude, para que com Ele compartilhem abnegação, sacrifício e sofrimento. Se aceitarem o chamado, Ele os fará Seus instrumentos na salvação das almas por quem Ele morreu. Mas Ele gostaria que considerassem o custo e entrassem na obra com pleno conhecimento das condições sob as quais servem a um Redentor crucificado. CE 97 1 Dificilmente posso expressar meus sentimentos quando penso em como o propósito de Deus no estabelecimento de nosso colégio tem sido desconsiderado. Os que possuem uma forma de piedade estão negando, por sua vida não consagrada, a eficácia da verdade para tornar os homens sábios para a salvação. Considerai a história dos apóstolos, que sofreram pobreza, abusos, maus-tratos e até mesmo a morte por amor à verdade. Eles se alegravam de que fossem achados dignos de sofrer por Cristo. CE 97 2 Se grandes resultados podem ser alcançados por grandes esforços e grandes sofrimentos, quem dentre nós, que seja súdito da divina graça, pode recusar o sacrifício? O evangelho de Cristo inclui em seus reclamos toda alma que tenha ouvido a mensagem das novas de grande alegria. Que daremos a Deus por todos os Seus benefícios para conosco? Sua incomparável misericórdia jamais pode ser retribuída. Somente pela voluntária obediência e serviço de gratidão podemos testificar de nossa lealdade e coroar com honra nosso Redentor. CE 97 3 Não tenho maior desejo do que ver nossa juventude imbuída do espírito da religião pura que os levará a tomar a cruz e seguir a Cristo. Prossegui, jovens discípulos de Jesus, controlados pelo princípio, envolvidos nas vestes de pureza e de justiça. Vosso Salvador vos conduzirá à posição melhor adequada aos vossos talentos e onde possais servir melhor. No caminho do dever podeis estar certos de receber graça bastante para o vosso dia. CE 97 4 A pregação do evangelho é o instrumento escolhido por Deus para a salvação das almas. Nosso primeiro trabalho, porém, deve ser pôr o nosso próprio coração em harmonia com Deus, e então estaremos preparados para trabalhar por outros. Nos primeiros dias houve grande exame do coração entre nossos fervorosos obreiros. Eles se aconselhavam mutuamente e uniam-se em oração pedindo humilde e ferventemente a direção divina. Tem havido declínio no verdadeiro espírito missionário entre obreiros e professores. No entanto a vinda de Cristo está mais próxima do que quando a princípio cremos. Cada dia que passa é um dia a menos para proclamarmos a mensagem de advertência ao mundo. Seria de desejar que houvesse hoje mais fervente intercessão com Deus, maior humildade, maior pureza e maior fé. CE 98 1 Todos estão em constante perigo. Advirto a igreja a que se acautele dos que pregam a outros a palavra da vida mas não estimam eles mesmos o espírito de humildade e abnegação que ela inculca. Não se pode confiar nesses homens num momento de crise. Desrespeitam a voz de Deus tão prontamente como o fez Saul, e como este muitos se mostram dispostos a justificar sua conduta. Quando repreendido pelo Senhor por meio de Seu profeta, Saul ousadamente afirmou que havia obedecido à voz de Deus; mas o balido das ovelhas e o mugido das reses provavam que não. Do mesmo modo muitos hoje afirmam sua lealdade a Deus, mas suas reuniões de concertos e outros prazeres, suas associações mundanas, sua glorificação do eu, e seu ávido desejo de popularidade -- tudo testifica que não estão obedecendo a Sua voz. "Os opressores do Meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo." CE 98 2 Esta é uma elevada norma que o evangelho coloca ante nós. O cristão coerente não é apenas uma nova, mas também nobre criatura em Jesus Cristo. Ele é uma permanente luz para mostrar a outros o caminho para o Céu e para Deus. Aquele que está usufruindo sua vida em Cristo não terá qualquer desejo por prazeres mundanos, frívolos, que não satisfazem. CE 98 3 Entre os jovens encontrar-se-á grande diversidade de caráter e de educação. Alguns viviam num elemento de arbitrária restrição e dureza, o que desenvolveu neles um espírito de obstinação e desafio. Outros têm sido mimados no lar, permitindo-lhes os pais que seguissem suas próprias inclinações, desculpando-se-lhes cada defeito, até que o seu caráter se deformasse. Para tratar com sucesso com cada uma dessas diferentes personalidades o professor precisa usar grande tato e delicadeza no modo de agir, bem como firmeza no governo. CE 99 1 Desprazer e mesmo desdém pelos necessários regulamentos manifestar-se-ão muitas vezes. Alguns porão em prática todo o seu engenho para fugir às penalidades, enquanto outros mostrarão atrevida indiferença quanto às conseqüências da transgressão. Tudo isto exigirá muita paciência e maior diligência da parte dos que têm a seu cargo a educação deles. CE 99 2 Uma das maiores dificuldades com que o professor tem tido de se haver é a falta da parte dos pais em cooperar na administração da disciplina do colégio. Se os pais se comprometessem a sustentar a autoridade do professor, muita insubordinação, vício e libertinagem seriam evitados. Os pais devem exigir que seus filhos respeitem a legítima autoridade e lha obedeçam. Devem trabalhar com infatigável cuidado e diligência para instruir, guiar e restringir os filhos até que hábitos corretos sejam firmemente estabelecidos. Com tal disciplina os jovens estariam em sujeição às instituições da sociedade e às gerais restrições de obrigação moral. CE 99 3 Tanto por preceito como pelo exemplo deve ensinar-se ao jovem simplicidade no vestir e nas maneiras, atividade, sobriedade e economia. Muitos estudantes são extravagantes ao dispor dos recursos que seus pais fornecem. Procuram mostrar-se superiores aos seus companheiros mediante o uso perdulário do dinheiro em exibição e satisfação própria. Em algumas instituições de ensino esta questão tem sido considerada de tão grande conseqüência que a roupa do estudante é indicada e o uso que faz do dinheiro é limitado por lei. Mas pais condescendentes e condescendentes estudantes encontrarão algum modo de burlar a lei. Nós não precisaríamos recorrer a nenhum desses meios. Pedimos aos pais cristãos que tomem todas estas questões em consideração, com oração e cuidado, que busquem conselho da Palavra de Deus, e então procurem agir de acordo com seus ensinos. CE 100 1 Se condições para trabalho manual forem providas em conexão com nossa escola, e solicitar-se aos estudantes que devotem parte de seu tempo a algum trabalho ativo, isto provar-se-ia uma salvaguarda contra muitas das más influências que existem em instituições de ensino. Ocupações úteis, viris, postas em lugar de divertimentos corruptores e frívolos, dariam legítimo escopo à exuberância de vida juvenil e promoveriam sobriedade e estabilidade de caráter. Devia fazer-se todo esforço possível para encorajar o desejo de progresso físico, moral e também mental. Se as moças aprendessem a cozinhar, especialmente a assar bom pão, sua educação seria de muito mais valor. O conhecimento de trabalho útil evitaria em grande medida esse sentimentalismo enfermiço que tem arruinado e continua arruinando a milhares. O exercício dos músculos, bem como do cérebro, estimulará o gosto pelas tarefas domésticas da vida prática. CE 100 2 Em questões de educação o século presente realiza um trabalho de ostentação e superfície. O irmão _____ possui naturalmente amor por planejamento e integridade, o que se tem tornado um hábito em preparo e disciplina por toda uma existência. Ele foi aprovado por Deus para isto. Seus trabalhos são de real valor, porque ele não permitirá que os estudantes sejam superficiais. Desde o início, porém, em seus esforços no sentido do estabelecimento de uma escola, ele encontrou muitos obstáculos. Tivesse sido menos resoluto e perseverante, e teria abandonado a luta. Alguns dos pais negligenciaram o sustento da escola, e seus filhos não respeitaram o professor porque ele usava roupa humilde. Permitiram que sua aparência despertasse neles o preconceito contra ele. Este espírito de desrespeito foi condenado pelo Senhor, sendo o professor encorajado em seu trabalho. Mas as queixas e as informações desavisadas levadas aos lares pelos filhos fortaleceram o preconceito dos pais. Enquanto o irmão _____ estava procurando inculcar princípios verdadeiros e estabelecer hábitos corretos, filhos supermimados estavam se queixando de sobrecarga nos estudos. Essas mesmas pessoas, foi-me mostrado, estavam sofrendo porque a mente não estava suficientemente ocupada com assuntos convenientes. Seus pensamentos eram postos em coisas desmoralizantes, e tanto a mente como o corpo estavam debilitados pelo hábito da masturbação. Era esta vil prática, não o excesso de estudo, que causava as freqüentes enfermidades desses filhos e impedia-os de fazer o progresso que os pais desejavam. CE 101 1 O Senhor aprovou de modo geral o procedimento do irmão _____, ao lançar ele os fundamentos para a escola que está agora em atividade. Mas o homem tem trabalhado muito, sem uma influência firme, benfazeja e fortalecedora do lar para aliviar-lhe o fardo. Pressionado pelo excesso de trabalho ele tem cometido alguns erros, nem cinquenta por cento tão graves, porém, como os das pessoas que se têm mostrado amarguradas com ele. Em sua relação com os jovens ele tem tido de enfrentar esse espírito de rebelião e desafio que o apóstolo apresenta como um dos sinais dos últimos dias. CE 101 2 Alguns professores no colégio têm deixado de compreender a responsabilidade de sua posição. Não têm sido eles mesmos discípulos na escola de Cristo, daí não se apresentarem preparados para instruir a outros. CE 101 3 Entre os estudantes encontrar-se-ão alguns de hábitos indolentes e viciosos. Esses necessitarão reprovação e disciplina; mas se não puderem ser reformados, não sejam empurrados mais para o fundo do abismo por impaciência e rudeza. Devem os professores ter sempre em mente que os jovens sob seus cuidados são a aquisição do sangue de Cristo, e são membros mais novos da família do Senhor. Cristo fez um sacrifício infinito para redimi-los. E os professores devem sentir que estão na posição de missionários, a fim de ganhar esses estudantes para Jesus. Se são por natureza opositores, tomem muito cuidado em condescender com esse traço de caráter. Os que já passaram o período crítico da juventude jamais devem esquecer as tentações e provas dos primeiros anos da vida, e quanto ansiavam por simpatia, bondade e amor. CE 102 1 Aquele que se devota a árduo labor público na causa da humanidade, muitas vezes encontra pouco tempo para dedicar-se à própria família e, em certo sentido, é deixado quase sem família e sem influências sociais benéficas. Assim tem sido com o irmão _____. Sua mente tem estado constantemente sobrecarregada. Pouca oportunidade ele tem tido de conquistar as afeições dos filhos ou de dar-lhes a necessária disciplina e guia. CE 102 2 Há muitos no colégio que precisam de completa conversão. Que ninguém procure discernir o argueiro que está no olho de seu irmão, quando há uma trave no seu próprio olho. Cada um deve purificar de sua impureza o templo de sua própria alma. Seja toda inveja e ciúme expulsos juntamente com o lixo acumulado. Exaltados privilégios e consecuções celestiais, para nós adquiridos a imenso custo, são liberalmente apresentados a nossa aceitação. Deus nos faz individualmente responsáveis pela medida de luz e privilégios que nos tem concedido. E se recusarmos entregar-Lhe o lucro dos talentos a nós confiados, perderemos o Seu favor. CE 102 3 O professor _____ ter-vos-ia servido bem, não tivesse sido ele adulado por uns e condenado por outros. Ele ficou confuso. Possuía traços de caráter que precisavam ser suprimidos. Em seu entusiasmo alguns lhe têm manifestado indevida confiança e louvor. Colocastes o homem onde lhe será difícil recuperar-se e encontrar o seu lugar certo. Ele foi sacrificado por ambos os partidos na igreja, porque deixaram de atender à admoestação do Espírito de Deus. Isto é injusto para com ele. Ele era recém-chegado à fé, e não estava preparado para os acontecimentos ocorridos. CE 102 4 Quão pouco sabemos acerca do efeito que nossos atos terão sobre nossa futura história e a dos outros! Muitos pensam ser de pouca conseqüência o que eles façam. Não lhes faz mal nenhum o assistirem a este concerto, ou se unirem com o mundo naquele divertimento, caso o desejem fazer. Assim Satanás lhes dirige e controla os desejos, e eles não consideram que os resultados podem ser os mais momentosos. Isso poderá ser o elo na cadeia dos acontecimentos que ligam uma alma aos laços de Satanás, e lhe determina a ruína eterna. CE 103 1 Todo ato, embora pequeno, tem seu lugar no grande drama da vida. Considerai que o desejo de uma única satisfação do apetite, introduziu o pecado no mundo, com seus terríveis resultados. Os casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens, deram em resultado a apostasia que terminou com a destruição do mundo pelo dilúvio. O mais insignificante ato de condescendência com o próprio eu tem resultado em grandes revoluções. É o que acontece agora. Poucos há que sejam circunspectos. Como os filhos de Israel, não dão ouvidos aos conselhos, mas seguem as próprias inclinações. Unem-se a um elemento mundano no assistir a reuniões em que se porão em evidência, e assim abrem o caminho que será seguido por outros. O que foi feito uma vez, será repetido por eles e por muitos outros. Todo passo dado por essas pessoas produz impressão perdurável, não só em sua própria consciência e hábitos, como nos dos outros. Esta consideração imprime solene dignidade à vida humana. CE 103 2 Meu coração dói todos os dias e todas as noites por nossas igrejas. Muitas estão progredindo, mas no caminho de volta. "A vereda dos justos... vai clareando pouco a pouco, até ser dia perfeito." Sua marcha é para a frente e para o alto. Eles vão de força em força, de graça em graça e de glória em glória. Este é o privilégio de todas as nossas igrejas. Mas, oh, quão diferente tem sido! Elas precisam de divina iluminação. Precisam mudar o rumo da marcha. Eu sei o que digo. A menos que se tornem cristãos de fato, irão de fraqueza em fraqueza, as divisões aumentarão, e muitas almas serão levadas para a perdição. CE 103 3 Tudo que vos posso dizer, é: Tomai a luz que Deus vos deu e segui-a a qualquer preço. Esta é vossa única segurança. Tendes um trabalho a fazer no promover a harmonia, e que o Senhor vos ajude a fazê-lo mesmo com a crucifixão do eu. Reuni os raios de luz que tendes menosprezado e rejeitado. Levantai-os com mansidão, com temor e tremor. O pecado do antigo Israel foi desconsiderar a expressa vontade de Deus e seguir o seu próprio caminho segundo os ditames do coração não santificado. O moderno Israel está depressa seguindo-lhe os passos, e o desprazer do Senhor seguramente repousando sobre ele. CE 104 1 Nunca é difícil fazer aquilo que gostamos de fazer, mas seguir um rumo diretamente contrário a nossas inclinações é como levantar uma cruz. Cristo orou que Seus discípulos fossem um como ele era Um com o Pai. Esta união é a credencial de Cristo ao mundo de que Deus O enviou. Quando a vontade própria é renunciada em relação a questões, haverá união dos crentes com Cristo. Todos devemos orar e trabalhar determinadamente para isto, assim respondendo quanto for possível à oração de Cristo por união em Sua igreja. ------------------------Capítulo 11 -- Religião e educação científica CE 105 1 Caros Irmão e Irmã B: Ambos fostes representados diante de mim como estando espiritualmente em perigo. Estáveis deixando o caminho reto e colocando os vossos pés numa estrada mais larga. A irmã B estava dizendo muitas coisas, e jota e til, um pouco aqui, um pouco ali, o que era como semente semeada, sendo certo que a colheita virá. Ela estava encorajando a incredulidade e dizendo a seu marido que a estrada em que estiveram viajando era toda ela demasiado estreita e modesta. Achava que as qualificações de seu marido eram de ordem muito elevada e deviam ser exercidas de modo mais amplo e mais influente. O irmão B era da mesma opinião; na verdade, ele a havia conduzido nesta linha de pensamento. Vós ambos leváveis a bandeira na qual estava escrito: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus"; mas ao encontrardes no caminho pessoas que consideráveis muito populares, a bandeira era arriada e posta para trás de vós, enquanto dizíeis: "Se deixarmos que saibam sermos nós adventistas do sétimo dia, nossa influência terá fim, e perderemos muitas vantagens." Vi a bandeira da verdade sendo arrastada atrás de vós. Surgiu então a pergunta: "Por que conduzi-la, afinal? Podemos crer nisto que vemos ser verdade, mas não precisamos deixar que os educadores e os estudantes saibam que levamos esta bandeira impopular." Havia em vossa companhia os que não se sentiam agradados ou satisfeitos com essas sugestões, mas irresolutamente seguiam vossa influência em vez de deixar que sua luz brilhasse por manterem elevada a sua norma. Eles escondiam sua bandeira e marchavam, temendo deixar que brilhasse diante de todos a luz que lhes fora dada pelo Céu. CE 105 2 Vi alguém aproximar-se de vós com passo firme e semblante magoado. Ele disse: "Que ninguém tome a vossa coroa." Tendes esquecido a humilhação suportada pelo Filho de Deus ao vir ao mundo, como sofreu vitupério, vexame, insulto, ódio, zombaria e traição, como suportou o vergonhoso julgamento na sala do tribunal, depois de haver sofrido assaltos sobre-humanos de Satanás no Jardim de Getsêmani? Esquecestes o selvagem clamor da turba: "Crucifica-O, crucifica-O", e como morreu como malfeitor? É o servo maior que o seu Senhor? Os seguidores de Jesus não serão populares, mas serão como o seu Senhor, mansos e humildes de coração. Estais procurando alcançar os lugares mais altos, mas ireis encontrar-vos afinal ocupando o último assento. Se procurardes praticar a justiça, amar a beneficência, e andar humildemente com o vosso Deus, sereis participantes com Cristo de Seus sofrimentos e também de Sua glória no Seu reino. O Senhor vos tem abençoado, mas quão pouco haveis apreciado Sua amorável bondade! Quão pouco louvor tem Ele recebido de vossos lábios! Podeis fazer uma boa obra para o Mestre, mas não dando a supremacia a vossas idéias. Precisais aprender na escola de Cristo, ou jamais estareis, qualificados para entrar na classe imediata, receber o selo do Deus vivo, passar pelos portões da cidade de Deus, e ser coroados com glória, e honra e imortalidade. CE 106 1 Satanás opera de muitos modos onde não é identificado, até mesmo por meio de homens e mulheres que estão em posição de confiança. Ele sugerirá a suas mentes erros plausíveis de pensamento, ação e palavras que criarão dúvida e produzirão desconfiança onde eles pensam que há garantia de segurança. Ele agirá sobre elementos descontentes a fim de que sejam postos em operação ativa. Haverá o desejo de grandeza e honra. A inveja será ativada em mentes em que não se supunha ela existisse, e circunstâncias não faltarão para pô-la em atividade. Dúvidas serão despertadas, e sedutoras promessas de ganho serão feitas se a cruz não for posta como preeminente. Satanás tentará alguns a pensar que nossa fé jaz como uma barreira para grandes progressos e obstrui o caminho de ascensão a altas posições mundanas e de serem reconhecidos como homens e mulheres notáveis. CE 106 2 Em sua primeira manifestação de descontentamento, Satanás foi muito dissimulado. Tudo que ele declarava era que desejava promover uma melhor ordem de coisas, fazer grandes melhoramentos. Ele afastou de Deus o santo par, afastou-o de sua submissão a Seus mandamentos, no mesmo ponto em que milhares são tentados hoje e milhares soçobram: suas vãs imaginações. O conhecimento verdadeiro é divino. Satanás insinuou na mente de nossos primeiros pais um desejo de possuir um conhecimento especulativo mediante o qual, disse ele, melhorariam em muito sua condição; mas para isso conseguir, teriam de seguir um procedimento contrário à santa vontade de Deus, pois Ele não os guiaria às maiores alturas. Não era desígnio de Deus que eles obtivessem conhecimento que tinha seus alicerces na desobediência. Era vasto o campo para o qual Satanás procurava levar Adão e Eva, e é o mesmo campo que ele abre ao mundo hoje, por suas tentações. CE 107 1 Estivestes apresentando a idéia de que a educação deve permanecer como uma obra independente. Esta mistura de doutrinas religiosas e questões bíblicas com educação científica considerastes como uma inconveniência em vossa obra educacional e um obstáculo à tarefa de levar os estudantes a graus mais altos do conhecimento científico. CE 107 2 A grande razão por que tão poucos dos grandes homens do mundo e dos que têm educação superior são levados a obedecer aos mandamentos de Deus é haverem separado a religião da educação, julgando que cada qual deveria ocupar campo distinto. Deus apresentou um campo bastante amplo para que se aperfeiçoasse o conhecimento de todos os que nele ingressassem. Este conhecimento foi obtido sob supervisão divina; foi vinculado com a imutável lei de Jeová, e o resultado teria sido uma bênção perfeita. CE 107 3 Deus não criou o mal; Ele criou apenas o bem, que era Sua semelhança. Mas Satanás não se agradaria em conhecer a vontade de Deus e fazê-la. Sua curiosidade impeliu-o no sentido de conhecer o que Deus não designara ele conhecesse. O mal, pecado e morte não foram criados por Deus; eles são o resultado da desobediência, a qual se originou em Satanás. Mas o conhecimento do mal agora no mundo foi introduzido pelo ardil de Satanás. Essas são lições muito duras e dispendiosas, mas os homens desejarão aprendê-las, e muitos jamais se convencerão de que é uma felicidade ignorar certa espécie de conhecimento que nasce de desejos insatisfeitos e de alvos não santificados. Os filhos e filhas de Adão não são menos indagadores e presunçosos do que foi Eva ao buscar o conhecimento proibido. Eles adquirem uma experiência, um conhecimento, que Deus jamais desejou alcançassem, e o resultado será, como aconteceu com nossos primeiros pais, a perda de seu lar edênico. Quando aprenderão os seres humanos aquilo que é demonstrado de modo tão cabal diante deles? CE 108 1 A história do passado mostra um diabo ativo, operante. Ele não pode ser mais indolente do que seria inofensivo. Satanás se achou numa única árvore, para pôr em perigo a segurança de Adão e Eva. Ele planejou atrair o santo par para essa árvore, de modo que pudesse levá-los a fazer precisamente aquilo que Deus disse não deveriam fazer -- comer da árvore do conhecimento. Não havia para eles perigo em aproximar-se de qualquer outra árvore. Quão plausíveis eram suas palavras! Ele usou os mesmos argumentos que ainda hoje usa: lisonja, inveja, desconfiança, dúvida e incredulidade. Se Satanás foi tão ardiloso no princípio, quanto mais agora, depois de alcançar uma experiência de muitos milhares de anos! Todavia Deus e os santos anjos, e todos os que permanecem na obediência a toda vontade expressa do Pai, são mais sábios do que ele. A subtileza de Satanás não diminuirá, mas a sabedoria dada aos homens mediante uma viva associação com a Fonte de toda luz e divino conhecimento, será proporcional a suas artes e estratagemas. CE 108 2 Se os homens resistissem à prova em que Adão falhou, e, na força de Jesus, obedecessem a todos os reclamos de Deus, porque estes reclamos são justos, jamais quereriam tornar-se familiarizados com o conhecimento objetável. Deus jamais desejou que o homem tivesse este conhecimento que vem da desobediência e que, introduzido na vida prática, termina em morte eterna. Quando os homens quase invariavelmente escolhem o conhecimento que Satanás apresenta; quando o seu gosto está de tal modo pervertido que anseiam por esse conhecimento como se ele fosse fonte de suprema sabedoria, estão dando então prova de que estão separados de Deus e em rebelião contra Cristo. ------------------------Capítulo 12 -- A educação de nossos filhos CE 109 1 Querida irmã C: Se Deus em Sua providência estabeleceu uma escola entre Seu próprio povo em _____, e se em vez de enviar sua filha para onde ela estaria em associação e sob a influência dos que amam a verdade, a irmã a envia para o seminário de _____, onde ela estará associada com uma classe mundana que não respeita a Deus e Sua lei, pergunto como espera que o Senhor opere no sentido de neutralizar a má influência que irá cercá-la e que a irmã voluntariamente escolheu? Ordenaria Ele aos anjos que fizessem o trabalho que deixou à irmã para que o fizesse? Deus não age desta maneira; Ele espera que sigamos a luz que nos deu em Sua Palavra. CE 109 2 Quando Deus estava prestes a exterminar os primogênitos do Egito, Ele ordenou aos israelitas que recolhessem os seus filhos espalhados entre os egípcios e os reunissem em suas próprias casas e assinalassem com sangue os umbrais de suas portas, para que o anjo destruidor ao passar visse o sangue e passasse por alto essa casa. Era trabalho dos pais reunir os filhos. Este é seu trabalho, é meu trabalho, é o trabalho de cada mãe que crê na verdade. O anjo deve pôr um sinal na testa de todos os que estão separados do pecado e dos pecadores, e o anjo destruidor virá a seguir, para exterminar por completo tanto velhos como jovens. CE 109 3 Deus não Se agrada de nossa desatenção e menosprezo para com Suas bênçãos postas ao nosso alcance. Nem Se mostra feliz por colocarmos os nossos filhos em sociedade com mundanos, porque isto satisfaz melhor os seus gostos e inclinações. Se a alma de seus filhos deve ser salva, a irmã terá de fazer com fidelidade o seu trabalho. Deus não Se tem agradado por completo com a sua conduta em relação a associações mundanas, e agora o perigo está revelado. A irmã tem encorajado também a leitura de livros de ficção; esses, e periódicos com histórias em série, presentes sobre sua mesa, têm educado o gosto de sua filha a ponto de ela haver-se tornado uma inebriada mental e necessitar de um poder mais forte, uma vontade mais firme, para controlá-la. CE 110 1 O inimigo tem conduzido sua filha a seu modo, até que suas malhas têm-na envolvido com fios de aço, e será necessário um esforço perseverante, vigoroso, para salvar sua alma. Se a irmã quiser ter sucesso neste caso, não pode haver meias-medidas. Os hábitos de anos não podem ser facilmente quebrados. Ela precisa ser posta onde uma influência sólida, firme, duradoura, seja constantemente exercida. Eu a aconselharia a pô-la no colégio de _____; que ela tenha a disciplina do internato. É onde ela devia ter estado há anos. O internato é dirigido num plano que o torna um bom lar. Este lar pode não satisfazer às inclinações de alguns, mas porque esses foram condicionados a falsas teorias, a condescendência própria, a satisfação do eu, e todos os seus hábitos e costumes têm sido canalizados de modo errado. Mas, minha querida irmã, estamos nos aproximando do fim do tempo, e o que precisamos agora é não nos ajustarmos aos gostos e práticas do mundo, mas à mente de Deus; é ver o que dizem as Escrituras, e então andar segundo a luz que Deus nos deu. Nossas inclinações, nossos costumes e práticas não devem ter a preferência. A Palavra de Deus é nossa norma. CE 110 2 Quanto ao bem-estar físico de sua filha, hábitos corretos lhe assegurarão saúde, ao passo que hábitos errôneos a arruinarão para esta vida e a futura vida imortal. Há um Céu a ganhar, uma perdição a evitar; e quando a irmã, no temor de Deus, tiver feito tudo que puder de sua parte, então poderá esperar que o Senhor fará a Sua. Ação decisiva agora pode salvar da morte uma alma. CE 111 1 Sua filha necessita de forte influência para neutralizar a influência da sociedade que ela ama. É necessário tão decidido esforço para curá-la de sua desordem mental quanto o é para curar no ébrio o seu desejo de álcool. A irmã tem um trabalho que ninguém pode fazer em seu lugar, e deixará de fazê-lo? Tratará com sua filha em nome do Senhor como quem trata com uma alma em perigo de ruína eterna? Fosse ela uma jovem que amasse a Deus, alguém que pudesse exercer domínio próprio, o seu perigo não seria tão grande. Mas ela não aprecia pensar em Deus, em sua responsabilidade, no Céu. Ela persiste em agir a seu próprio modo. Não busca diariamente força de Deus para poder vencer as tentações. Deseja, então, colocar sua filha em relação com influências que acabariam por afastar os seus pensamentos de Deus, da verdade, da justiça? Se sim, ponha-a no campo de batalha do inimigo, sem nenhuma força para resistir o seu poder ou vencer suas tentações. CE 111 2 Se ela estivesse onde houvesse influências divinas, celestiais, suas sensibilidades morais, que estão agora paralisadas, poderiam ser despertadas, e seus pensamentos e propósitos, pela bênção de Deus, poderiam ser mudados de modo que fluíssem em canais celestiais, e ela seria restaurada. Mas ela está agora em perigo, internamente de corrupção, e externamente de tentação. Satanás está disputando a sua alma, e tem toda possibilidade de ganhar o jogo. CE 111 3 Em meus sonhos tenho estado a falar com a irmã, como aqui escrevo. Meu coração sente profunda piedade pela irmã. Penoso como possa ser o seu caso agora, não desanime. A irmã necessita de ânimo e decisão. Busque o auxílio de Deus. Ele é seu amigo. A irmã nunca está sozinha. A Bíblia é sua conselheira. É luz para aqueles que estão em trevas. Seja firme na hora da prova, pois terá novas provas a enfrentar. Mas apegue-se a Jesus, e faça dEle sua força. "Porque o Senhor dá a sabedoria, da Sua boca vem a inteligência e o entendimento." ------------------------Capítulo 13 -- A necessidade de reforma educativa CE 112 1 "E edificarão os lugares antigamente assolados e restaurarão os de antes destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração." "E chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar." Isaías 61:4; 58:12. Estas palavras da Inspiração apresentam aos crentes na verdade presente, a obra que ora deve ser feita na educação de nossas crianças e jovens. Ao vir ao mundo a verdade para os últimos dias, na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, foi-nos mostrado dever-se introduzir na educação de nossos filhos uma diferente ordem de coisas; levou, porém, muito tempo o compreender as mudanças que se deviam fazer. CE 112 2 Nossa obra é reformatória; e é desígnio de Deus que, mediante a excelência da obra feita em nossas instituições de ensino, seja chamada a atenção do povo para o grande e derradeiro esforço para salvar os que estão a perecer. A norma de educação em nossas escolas não deve ser abaixada. Importa erguê-la mais e mais alto, muito acima do nível em que ora se encontra; mas a educação ministrada não se deve limitar ao conhecimento dos compêndios. O estudo dos mesmos só por si, não pode dar aos alunos a disciplina de que necessitam, nem comunicar a verdadeira sabedoria. O objetivo de nossas escolas é prover lugares onde os membros mais jovens da família do Senhor, possam ser educados de acordo com o Seu plano de crescimento e desenvolvimento. CE 113 1 Satanás tem empregado os métodos mais engenhosos para entretecer seus planos e princípios nos sistemas de educação, obtendo assim forte domínio na mente de crianças e jovens. A obra do verdadeiro educador é impedir-lhe os ardis. Achamo-nos sob solene e sagrado convênio com Deus para criar nossos filhos para Ele e não para o mundo; para ensinar-lhes que não dêem a mão ao mundo, mas amem e temam a Deus, e Lhe observem os mandamentos. Cumpre impressioná-los com o fato de serem criados à imagem de Seu Criador, e de Cristo ser o modelo segundo o qual devem ser afeiçoados. É preciso que se dê mui zeloso estudo à educação que comunicará o conhecimento da salvação, e conformará a vida e o caráter com a semelhança divina É o amor de Deus, a pureza da alma entretecida na existência como fios de ouro, que são de verdadeiro valor. A altura que o homem pode assim atingir, ainda não foi devidamente avaliada. CE 113 2 Para realização dessa obra, é preciso lançar-se amplo fundamento. Temos de introduzir um novo propósito e dar-lhe lugar, e os alunos precisam ser ajudados a aplicar os princípios bíblicos a tudo quanto fazem. Tudo o que está torcido, tudo o que se acha desviado da linha reta, tem de ser claramente indicado e evitado; pois é iniqüidade que se não deve perpetuar. É importante que todo professor ame e nutra sãos princípios e doutrinas, pois esta é a luz a refletir-se na senda dos alunos. A terceira mensagem angélica em nossas escolas CE 113 3 No livro de Apocalipse, lemos acerca de uma obra especial que Deus deseja que Seu povo faça nestes últimos dias. Ele revelou Sua lei, e mostrou-nos a verdade para este tempo. Esta verdade desdobra-se constantemente, e é o desejo de Deus que sejamos inteligentes em relação a ela, para podermos distinguir entre o direito e o torto, a justiça e a injustiça. CE 114 1 A terceira mensagem angélica, a grande verdade probante para nossos dias, deve ser ensinada em todas as nossas instituições. É desígnio de Deus que por meio destas, seja dada esta advertência especial, e irradiem para o mundo resplandecentes raios de luz. O tempo é breve. Acham-se sobre nós os perigos dos últimos dias, e cumpre-nos vigiar e orar, e estudar e dar ouvidos às lições que nos são dadas nos livros de Daniel e de Apocalipse. CE 114 2 Quando João foi afastado daqueles a quem amava e banido para a solitária ilha de Patmos, Cristo sabia onde encontrar Sua fiel testemunha. João disse: "Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta." O dia do Senhor é o sétimo dia, o sábado da criação. Nesse dia que Deus santificou e abençoou, Cristo mostrou a Seu servo João o significado das "coisas que brevemente devem acontecer" antes do fim da história do mundo, e Ele indica que devemos ser esclarecidos em relação a elas. Não é em vão que Ele declara: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Apocalipse 1:9, 10, 1-3. Esta é a educação que deve ser pacientemente provida. Sejam nossas lições apropriadas para o dia em que vivemos, e nossa instrução religiosa dada de acordo com a mensagem que Deus envia. CE 114 3 Havemos de comparecer diante de magistrados para responder por nossa lealdade para com a Lei de Deus, para dar a conhecer as razões de nossa fé. E os jovens devem compreender estas coisas. Devem saber o que há de vir a acontecer antes do encerramento da história terrestre. Estas coisas dizem respeito a nosso bem-estar eterno, e cumpre a professores e alunos dar-lhes mais atenção. Pela pena e pela palavra viva, importa comunicar conhecimentos que serão como alimento a tempo, não somente para os jovens, mas também aos de idade madura. CE 115 1 Estamos vivendo as cenas finais destes perigosos tempos. O Senhor previu a incredulidade que agora prevalece em relação a Sua volta, e repetidamente Ele nos tem dado advertências em Sua Palavra de que este acontecimento será inesperado. O grande dia virá como um laço "a todos os que vivem sobre a face de toda a Terra". Lucas 21:35. Mas há duas classes. A uma o apóstolo profere estas encorajadoras palavras: "Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia como ladrão vos apanhe de surpresa." 1 Tessalonicenses 5:4. Alguns estarão prontos quando o noivo vier, e com Ele irão para as bodas. Quão precioso é este pensamento aos que estão esperando e vigiando o Seu aparecimento! Cristo "amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito". Efésios 5:25-27. Aqueles a quem Deus ama desfrutam este favor porque são de caráter amorável. CE 115 2 Importa ser consumada a grande e magna obra de produzir um povo de caráter semelhante ao de Cristo, e que seja capaz de subsistir no dia do Senhor. Enquanto navegamos com a corrente do mundo, não necessitamos de velas, nem de remos. É quando nos voltamos completamente para ir de encontro à correnteza, que começam nossas lutas. Satanás introduzirá toda espécie de teorias para perverter a verdade. A obra irá com dificuldade, pois desde a queda de Adão tem sido costume do mundo pecar. Mas Cristo está no campo de ação. O Espírito Santo está em atividade. Instrumentalidades divinas estão se combinando com as humanas na remodelação do caráter segundo o perfeito modelo, e o homem deve operar no exterior, aquilo que Deus opera no interior. Faremos como um povo esta obra que Deus nos deu? Cuidadosamente abraçaremos toda a luz que nos foi dada, tendo constantemente diante de nós o precípuo objetivo de preparar os estudantes para o reino de Deus? Se pela fé avançarmos passo a passo no caminho reto, seguindo o Grande Líder, a luz iluminará o nosso caminho; e as circunstâncias serão de molde a remover as dificuldades. A aprovação de Deus dará esperança, e anjos ministradores cooperarão conosco, trazendo luz e graça, e coragem e alegria. CE 116 1 Então, não se perca mais tempo demorando nas muitas coisas não essenciais e que não têm importância quanto às presentes necessidades do povo de Deus. Não se perca mais tempo em exaltar homens que não conhecem a verdade, "pois o tempo está às portas". Não há agora tempo para encher a mente de teorias do que se chama popularmente "educação superior". O tempo votado àquilo que não tende a tornar a alma semelhante a Cristo, é tempo perdido para a eternidade. Não nos podemos permitir isto, pois cada momento se acha pleno de interesses eternos. Agora, quando se acha prestes a começar a grande obra de julgar os vivos, deixaremos que se apoderem do coração ambições profanas, levando-nos a negligenciar a educação exigida para satisfazer as necessidades nesta época de perigo? CE 116 2 Em cada caso deverá ser tomada a grande decisão se receberemos o sinal da besta e de sua imagem, ou o selo do Deus vivo. E agora, quando estamos no limiar do mundo eterno, que pode ser de tanto valor para nós como sermos encontrados leais e fiéis ao Deus do Céu? Que devemos prezar mais do que Sua verdade e Sua lei? Que educação pode ser provida aos estudantes em nossas escolas que seja tão necessária como o conhecimento de: "Que dizem as Escrituras?" CE 117 1 Sabemos que há muitas escolas que oferecem oportunidades para aquisição de conhecimentos em ciências, mas desejamos alguma coisa mais que isto. A ciência da verdadeira educação é a verdade, que deve ser tão profundamente gravada na alma que não se possa apagar pelo erro tão abundante em toda parte. A mensagem do terceiro anjo é verdade, luz e poder, e apresentá-la de tal maneira que cause as devidas impressões no coração, eis o que deve ser a obra de nossas escolas, bem como de nossas igrejas, do professor bem como do ministro. Os que aceitam o lugar de educadores, devem prezar mais e mais a vontade revelada de Deus, tão clara e impressivamente apresentada em Daniel e Apocalipse. O estudo da Bíblia CE 117 2 As necessidades urgentes que se fazem sentir nesta época, exige contínua educação na Palavra de Deus. Isto é a verdade presente. Importa que haja em todo o mundo uma reforma no estudo da Bíblia, pois ela é agora mais necessária que nunca. À medida que essa reforma progredir, efetuar-se-á poderosa obra; quando Deus declarou que Sua Palavra não voltaria para Ele vazia, queria significar tudo quanto disse. O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo "a quem Ele enviou", eis a mais alta educação, e ela cobrirá a Terra com sua maravilhosa luz, assim como as águas cobrem o mar. CE 117 3 O estudo da Bíblia é especialmente necessário nas escolas. Os alunos devem estar arraigados e fundados na verdade divina. Sua atenção deve ser chamada, não para as asserções dos homens, mas para a Palavra de Deus. Acima de todos os outros livros, deve a Bíblia merecer nosso estudo, ela, o grande compêndio, a base de toda educação; e nossos filhos devem ser instruídos nas verdades que nela se encontram, a despeito de hábitos e costumes anteriores. Assim fazendo, professores e alunos encontrarão o tesouro escondido, a mais alta educação. CE 118 1 As regras bíblicas devem servir de guia na vida diária. A cruz de Cristo, servir de tema, revelando as lições que precisamos aprender e praticar. Cristo tem de ser introduzido em todos os estudos, para que os alunos possam haurir aí o conhecimento de Deus, e representá-Lo no caráter. Sua excelência, eis o que deve constituir nosso estudo no tempo como na eternidade. A Palavra de Deus, falada por Cristo no Velho e no Novo Testamentos, é o pão do Céu; mas muito do que é chamado ciência é como um prato de invenção humana, alimento adulterado; não é o verdadeiro maná. CE 118 2 Na Palavra de Deus encontra-se inquestionável, inexaurível sabedoria -- sabedoria que se originou, não no finito, mas na mente infinita. Muito, porém, do que Deus revelou em Sua Palavra, é obscuro para os homens, porque as gemas da verdade acham-se enterradas sob o lixo da sabedoria e tradição humanas. Para muitos os tesouros da Palavra permanecem escondidos, porque não foram procurados com diligente perseverança, até que os áureos preceitos fossem compreendidos. A Palavra deve ser pesquisada a fim de purificar e preparar os que a recebem para se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. CE 118 3 O estudo da Palavra de Deus deve tomar o lugar daqueles livros que têm induzido a mente ao misticismo, desviando-a da verdade. Seus princípios vivos, entretecendo-se em nossa existência, ser-nos-ão salvaguarda em provas e tentações; sua divina instrução é o único caminho para o êxito. À medida que sobrevierem provas a toda alma, haverá apostasias. Alguns se demonstrarão traidores, obstinados, altivos e cheios de presunção, e se desviarão da verdade, fazendo naufrágio da fé. Por quê? Porque não viveram "de toda a palavra que sai da boca de Deus". Eles não cavaram fundo, tornando firmes seus alicerces. Quando as palavras do Senhor por meio de Seus escolhidos mensageiros, lhes são trazidas, murmuram, achando que o caminho está sendo tornado demasiado estreito. No capítulo sexto de S. João, lemos acerca de alguns que se julgavam discípulos de Jesus mas que, ao ser-lhes apresentada a positiva verdade, ficaram desgostosos, e não andaram mais com Ele. Da mesma maneira esses discípulos superficiais também se desviarão de Cristo. CE 119 1 Todo aquele que se converteu a Deus é chamado a crescer em aptidão pelo exercício de seus talentos; toda vara da Videira viva que não cresce, é cortada e lançada fora como lixo. Qual, então, será o caráter da educação ministrada em nossas escolas? Será ela em harmonia com a sabedoria deste mundo, ou segundo aquela sabedoria que vem do alto? Não despertarão os professores para sua responsabilidade neste assunto, vendo que a Palavra de Deus tenha maior lugar na instrução dada em nossas escolas? O preparo de obreiros CE 119 2 Um dos grandes objetivos de nossas escolas é o preparo de jovens para se empenharem no serviço de nossas instituições, bem como nos vários ramos da obra do evangelho. O povo de toda parte precisa que a Bíblia seja aberta perante ele. Chegou o tempo, o importante tempo, em que o rolo do livro está sendo desdobrado diante do mundo pelos mensageiros de Deus. A verdade contida na primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, deve ir a toda nação, e tribo, e língua e povo; ela deve iluminar as trevas de todo continente e estender-se às ilhas do mar. Coisa alguma de invenção humana deve ter licença de retardar esta obra. Para que isto se consiga, necessitam-se talentos cultivados e consagrados; necessitam-se pessoas capazes de realizar obra excelente na mansidão de Cristo, porque o próprio eu nEle se acha escondido. Os neófitos não podem fazer aceitavelmente a obra de revelar os tesouros ocultos para enriquecer as almas nos bens espirituais. "Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo." "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade." 2 Timóteo 2:7, 15. Essa recomendação a Timóteo deve constituir uma força para toda família e escola, no que respeita à educação. CE 120 1 Requerem-se diligentes esforços por parte de todos quantos se acham ligados a nossas instituições, não somente nossas escolas, mas também nossos sanatórios e casas publicadoras, a fim de habilitar homens, mulheres e jovens para se tornarem colaboradores de Deus. Os alunos devem ser ensinados a trabalhar inteligentemente nos ramos de atividade cristã, a apresentar caráter cristão nobre e elevado àqueles com quem estiverem em contato. As pessoas a cujo cargo se acha o preparo da mocidade em qualquer ramo de nossa obra, devem ser possuidoras de profundo senso do valor das almas. A menos que se abeberem largamente do Espírito Santo, o mau vigia suscitará circunstâncias desagradáveis. O educador deve ser sábio para discernir que, ao passo que a fidelidade e a bondade granjearão almas, não será assim com a aspereza. Palavras e atos arbitrários suscitam as piores paixões do coração humano. Se os homens e mulheres que professam ser cristãos não aprenderem a vencer o próprio temperamento mau e imaturo, como poderão esperar merecer respeito e honra? CE 120 2 Que cuidado, então, não se deve exercitar na escolha de pessoas aptas para serem instrutoras, de modo que, não somente sejam fiéis no trabalho, mas manifestem o devido temperamento! Caso não sejam dignas de confiança, é preciso dispensá-las. Deus considera toda instituição responsável por qualquer negligência no estimular a bondade e o amor. Jamais se deve esquecer que o próprio Cristo Se acha à testa de nossas instituições. CE 120 3 O que houver de melhor no talento ministerial deve ser usado no ensino de Bíblia em nossas escolas. Os que são escolhidos para essa obra, precisam ser profundos estudantes da Bíblia, e possuidores de profunda experiência cristã, sendo seu salário pago do fundo do dízimo. É desígnio de Deus que todas as nossas instituições sejam instrumentos em preparar e desenvolver obreiros de quem Ele não Se envergonhe, obreiros que possam ser enviados para fora como bem qualificados missionários a fim de realizar serviço para o Mestre; este objetivo, entretanto, não tem sido conservado em vista. Estamos, a muitos respeitos, muito atrás nesta obra, e o Senhor requer que manifestemos nisso um zelo infinitamente maior do que temos mostrado até aqui. Ele nos chamou do mundo, para que sejamos testemunhas de Sua verdade, e em todas as nossas fileiras, jovens de ambos os sexos devem ser preparados para posições de utilidade e influência. CE 121 1 Há urgente demanda de obreiros no campo evangélico. Necessitam-se rapazes para essa obra; Deus os chama. Sua educação é de primeira importância em nossos colégios, e em caso algum deve ser passada por alto, ou considerada como coisa secundária. É de todo errado que os professores, por meio de sugestões quanto a outras carreiras, desanimem jovens que são aptos para uma boa obra no ministério. Os que apresentam dificuldades para impedir rapazes de se habilitarem para esse serviço, estão contrariando os planos de Deus, e terão de dar contas de sua atitude. Há entre nós mais que uma média de homens de capacidade. Se suas aptidões fossem exercitadas, teríamos vinte ministros onde agora possuímos um. CE 121 2 Moços que visam entrar para o ministério, não devem gastar uma porção de anos apenas em se preparar. Os professores precisam compreender a situação, e adaptar o ensino às necessidades dessa classe, dando-lhes vantagens especiais para um rápido, se bem que compreensivo estudo dos ramos mais necessários no habilitá-los para sua obra. Este plano não tem sido seguido, no entanto. Bem pouca atenção se tem dispensado ao preparo dos rapazes destinados ao ministério. Não temos muitos anos para trabalhar, e os professores devem imbuir-se do Espírito de Deus e operar em harmonia com Sua vontade revelada, em vez de executar os próprios planos. Perdemos muito, cada ano, porque não damos ouvidos aos conselhos do Senhor sobre esses pontos. CE 122 1 Enfermeiras missionárias devem receber em nossas escolas lições de médicos competentes, aprendendo, como parte de seu preparo, a maneira de combater as doenças e mostrar o valor dos remédios naturais. Esta obra é grandemente necessária. Cidades e vilas se acham embebidas no pecado e na corrupção moral, todavia existem Lós em toda Sodoma. O veneno do pecado está em operação no âmago da sociedade, e Deus pede reformadores que fiquem em defesa da lei estabelecida por Ele para reger o organismo físico. Ao mesmo tempo eles devem manter elevada norma no preparo da mente e na cultura do coração, a fim de que o Grande Médico possa cooperar com a mão ajudadora do homem em realizar uma obra de misericórdia e necessidade no alívio aos sofredores. CE 122 2 Também é desígnio do Senhor que nossas escolas ministrem aos jovens um preparo que os habilite a ensinar em qualquer departamento da Escola Sabatina, ou a se desempenharem de responsabilidades em qualquer de seus encargos. Havíamos de ver diverso estado de coisas se uma porção de jovens consagrados se dedicassem ao trabalho da Escola Sabatina, esforçando-se por se habilitarem e depois instruírem outros quanto aos melhores métodos a serem empregados no levar almas a Cristo. Eis um ramo de trabalho que produz resultados. Professores missionários CE 122 3 Os professores devem ser educados para a obra missionária. Há em toda parte portas abertas ao missionário, e não será possível fornecer obreiros de quaisquer dois ou três países para atender aos apelos. Além da educação dos que se hão de enviar de nossas associações mais antigas, como missionários, devem-se preparar pessoas em todas as partes do mundo para trabalharem por seus próprios patrícios e vizinhos; e é melhor e mais seguro para eles, o quanto possível, receberem esse preparo no campo em que hão de trabalhar. Raramente é preferível, tanto para o obreiro como para o avançamento da causa, que ele vá para terras distantes em busca de preparo. O Senhor quer que se tomem todas as providências possíveis para satisfazer essas necessidades; e se as igrejas estiverem alerta para suas responsabilidades, saberão como convém agir em qualquer emergência. CE 123 1 Para suprir a necessidade de obreiros, Deus deseja que se estabeleçam centros educativos em diferentes países, onde se possam educar estudantes promissores nos ramos práticos de conhecimento e na verdade bíblica. Ao se empenharem essas pessoas no serviço, recomendarão a obra da verdade presente nos novos campos. Despertarão interesse entre os incrédulos, e ajudarão em salvar almas da servidão do pecado. Devem-se mandar os melhores professores aos vários países onde se vão estabelecer escolas, para promover a obra educativa. CE 123 2 É possível ter demasiados recursos educacionais centralizados num só lugar. Escolas menores, dirigidas segundo o plano das escolas dos profetas, seriam bênção muito maior. O dinheiro que foi investido na ampliação do Colégio de Battle Creek para acomodar a escola para obreiros teria tido melhor aplicação no estabelecimento de escolas em distritos rurais na América e nas regiões distantes. Não eram necessários mais edifícios em Battle Creek; havia já amplas acomodações para a educação de tantos estudantes quantos devêssemos congregar num só lugar. Não era o melhor que tantos estudantes freqüentassem esta escola, pois havia talento e sabedoria para cuidar de somente determinado número. Os cursos ministeriais poderiam ter sido mantidos nos edifícios já construídos, e o dinheiro usado em ampliar o colégio poderia ter sido investido com mais proveito na construção de escolas em outras localidades. CE 124 1 Novos edifícios em Battle Creek significam encorajamento às famílias para que se mudem para aí a fim de educarem os filhos no colégio. Mas teria sido bênção muito maior para todos os relacionados tivessem os estudantes sido educados em alguma outra localidade e em número muito menor. O afluxo de pessoas para Battle Creek é falta tanto dos que estão em posições de liderança como dos que se têm mudado para este lugar. Há melhores campos do que Battle Creek para empreendimentos missionários, e no entanto os que estão em posições de responsabilidade ainda estão planejando ter tudo ali da mais conveniente qualidade; e as grandes instalações estão dizendo ao povo: "Vinde a Battle Creek; mudai-vos para cá com vossas famílias, e educai aqui os vossos filhos." CE 124 2 Se algumas de nossas grandes instituições educativas fossem desdobradas em instituições menores, e escolas fossem estabelecidas em diferentes lugares, maior progresso poderia ser alcançado em cultura física, mental e moral. O Senhor não disse que devia haver poucos edifícios, mas sim que esses edifícios não deviam ser centralizados em demasia num só lugar. Os grandes recursos investidos em poucas localidades deviam ser usados em prover acomodações para um campo mais vasto, de modo que muito mais estudantes pudessem ser recebidos. CE 124 3 É chegado o tempo para exaltar a norma da verdade em muitos lugares, para o despertamento de interesse e a extensão do campo missionário até que envolva o mundo todo. É chegado o tempo em que muitos mais devem ter sua atenção chamada para a mensagem da verdade. Muito pode ser feito neste sentido, e que não está sendo feito. Ao passo que as igrejas são responsáveis por conservar suas próprias lâmpadas espevitadas e ardendo, jovens devotados devem ser educados em seus próprios países para levar avante esta obra. Devem-se estabelecer escolas, não tão elaboradas como as de Battle Creek e College View, porém mais simples, com prédios mais humildes, e com professores que adotem os mesmos planos que eram seguidos nas escolas dos profetas. Em vez de concentrar a luz num só lugar, onde muitos não apreciam ou não aproveitam o que se lhes está oferecendo, deve a luz ser levada a muitos lugares da Terra. Se professores devotados, tementes a Deus, de mente equilibrada e idéias práticas, fossem para os campos missionários e trabalhassem de modo humilde, repartindo o que receberam, Deus concederia o Seu Santo Espírito a muitos que estão destituídos de Sua graça. Elementos de sucesso CE 125 1 Na obra da reforma, professores e estudantes devem cooperar, cada um agindo no sentido do melhor interesse para que nossas escolas sejam, o que Deus possa aprovar. Unidade de ação é necessária para o sucesso. Um exército em batalha ficaria confuso e seria derrotado se cada soldado individualmente agisse segundo os seus próprios impulsos em vez de agirem todos harmoniosamente sob a direção de um competente general. Os soldados de Cristo devem agir harmonicamente. Umas poucas almas convertidas, unindo-se para um grande propósito sob uma só cabeça, obterão vitórias em cada embate. CE 125 2 Se há desunião entre os que dizem crer na verdade, o mundo concluirá que este povo não pode ser de Deus, porque estão trabalhando uns contra os outros. Quando somos um com Cristo, estaremos unidos entre nós mesmos. Os que não estão jungidos a Cristo sempre puxam para o lado errado. Possuem temperamento pertencente à natureza carnal do homem, e com o menor pretexto sua paixão se desperta para se opor à paixão de outrem. Isto provoca conflito, e nas reuniões de comissão, de mesas, nas assembléias públicas, ouvem-se vozes ruidosas opondo-se a métodos de reforma. CE 126 1 Obediência a toda palavra de Deus é outra condição de sucesso. As vitórias não são alcançadas por meio de cerimônias ou ostentação, mas mediante a simples obediência ao mais exaltado General, o Senhor Deus do Céu. Aquele que confia neste Líder jamais conhecerá a derrota. Esta vem em conseqüência da confiança em métodos e planos do homem, deixando o divino em segundo lugar. Obediência era a lição que o Capitão dos exércitos do Senhor procurou ensinar às vastas hostes de Israel -- obediência naquilo em que não podiam ver nenhum sucesso. Quando houver obediência à voz de nosso Líder, Cristo conduzirá Suas batalhas de tal modo que surpreenderá os maiores poderes da Terra. CE 126 2 Somos soldados de Cristo; e dos que se alistam em Seu exército espera-se que façam o duro trabalho, trabalho que lhes sobrecarregará as energias ao máximo. Temos de entender que a vida de um soldado é uma vida de constante esforço, de firmeza e perseverança. Por amor de Cristo precisamos suportar provas. Não estamos empenhados em batalhas simuladas. Temos de enfrentar os mais terríveis adversários, pois "não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". Efésios 6:12. Devemos encontrar nossa força justamente onde os primeiros discípulos encontraram a sua "Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas." "Todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. E era um o coração e a alma da multidão dos que criam." Atos dos Apóstolos 1:14; 4:31, 32. ------------------------Capítulo 14 -- Obstáculos á reforma CE 127 1 Até certo ponto, a Bíblia tem sido introduzida em nossas escolas, e alguns esforços têm sido feitos em direção da reforma; é, porém, demasiado difícil adotarem-se os devidos princípios, depois de haver-se estado por tanto tempo habituado aos métodos populares. As primeiras tentativas para mudar os velhos costumes, trouxeram duras provas aos que queriam trilhar o caminho indicado por Deus. Cometeram-se erros, e houve grande prejuízo em resultado. Tem havido obstáculos cuja tendência é conservar-nos numa direção comum, mundana, e impedir-nos de apoderar-nos dos verdadeiros princípios educacionais. Para o inconverso, que vê as coisas do baixo nível do egoísmo humano, da incredulidade e indiferença, os retos princípios e métodos têm parecido errôneos. CE 127 2 Alguns professores e diretores apenas meio-convertidos, são pedras de tropeço para os outros. Concedem algumas coisas e fazem reformas pela metade; mas, ao vir maior conhecimento, recusam-se a avançar, preferindo trabalhar segundo as próprias idéias. Assim fazendo, colhem e comem daquela árvore de conhecimentos que coloca o humano acima do divino. "Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-O com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais." "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o." Josué 24:14, 15; 1 Reis 18:21. Estaríamos muito adiante da condição espiritual em que nos achamos, caso avançássemos segundo a luz que nos foi enviada. CE 127 3 Ao serem advogados novos métodos, tantas indagações duvidosas têm sido apresentadas, tantos concílios reunidos para que se pudessem discernir todas as dificuldades, que os reformadores têm sido entravados, e alguns deixaram de insistir em reformas. Parecem impotentes para resistir à corrente de dúvidas e críticas. Foram relativamente poucos os que receberam o evangelho em Atenas, porque o povo nutria orgulho de sabedoria intelectual e mundana, e reputavam loucura o evangelho de Cristo. Mas "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". Portanto "pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos; mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus". 1 Coríntios 1:25, 23, 24. CE 128 1 Precisamos agora recomeçar novamente. Cumpre entrar nas reformas de alma, e coração e vontade. Os erros podem estar encanecidos pela idade; esta, porém, não torna o erro verdade, nem a verdade erro. Tempo demasiado têm os velhos costumes e hábitos sido seguidos. O Senhor quer que toda idéia falsa seja afastada de professores e alunos. Não estamos na liberdade de ensinar o que se coaduna com as normas do mundo ou da igreja, simplesmente por ser costume assim fazer. As lições ensinadas por Cristo devem servir de norma. O que o Senhor ensinou relativamente à instrução a ser ministrada nas nossas escolas, deve ser rigorosamente observado; pois caso não haja a alguns respeitos uma espécie de educação inteiramente diversa da que tem sido seguida em algumas de nossas escolas, não valeria a pena termos incorrido no ônus de compra de terras e construção de edifícios escolares. CE 128 2 Insistem alguns em que, se os ensinos religiosos forem tornados preeminentes em nossas escolas, estas se tornarão impopulares; que os que não pertencem à nossa fé não as patrocinarão. Muito bem; vão eles então a outras escolas, onde encontrarão um sistema educativo segundo os seus gostos. Com estas considerações, é desígnio de Satanás impedir a consecução do objetivo pelo qual nossas escolas foram estabelecidas. Entravadas por seus ardis, os diretores raciocinam segundo a maneira do mundo, copiam-lhe os planos e imitam-lhe os costumes. Muitos têm manifestado tanto falta de sabedoria do alto, que se unem com os inimigos de Deus e da verdade em prover entretenimentos mundanos para os alunos. Assim fazendo, trazem sobre si mesmos o desagrado de Deus, pois desencaminham a juventude e fazem obra para Satanás. Esta obra, com todos os seus resultados, terão de encontrar eles perante o tribunal de Deus. CE 129 1 Os que seguem tal orientação, mostram que não podem merecer confiança. Uma vez o mal praticado, podem confessar seu erro; poderão, todavia, anular a influência que exerceram? CE 129 2 Há de o "bem está" ser pronunciado sobre os que foram infiéis a seu legado? Esses obreiros infiéis não construíram sobre a Rocha eterna, e seu fundamento demonstrar-se-á areia movediça. Quando o Senhor exige de nós que sejamos distintos e diferentes, como podemos cobiçar popularidade ou buscar imitar os costumes e práticas do mundo? "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tiago 4:4. CE 129 3 Abaixar as normas a fim de conseguir popularidade e aumento de número e fazer depois desse acréscimo motivo de regozijo, mostra grande cegueira. Fossem algarismos prova de êxito, e Satanás poderia reclamar a preeminência; pois neste mundo seus seguidores são grandemente mais numerosos. É o grau de poder moral que permeia a escola, o que lhe demonstra a prosperidade. É a virtude, a inteligência e a piedade dos que compõem nossas escolas, não seu número, que deve ser fonte de alegria e reconhecimento. Devem então nossas escolas se converter ao mundo e seguir-lhe os costumes e modas? "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que... não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. CE 130 1 Os homens empregarão todos os meios para tornarem menos destacada a diferença entre os adventistas do sétimo dia e os observadores do primeiro dia da semana. Foi-me apresentado um grupo com o nome de adventistas do sétimo dia, o qual estava aconselhando que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto, não devia ser salientada de maneira tão chocante; pois pretendiam que esse não seria o melhor método para assegurar êxito a nossas instituições. Não estamos, porém, em tempo de arriar nossa bandeira, de nos envergonharmos de nossa fé. Esta distinta bandeira, descrita nas palavras: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus", deve ser levada através do mundo até ao fim do tempo de graça. Ao passo que devem ser aumentados os esforços para avançarmos nos diferentes lugares, não devemos encobrir nossa fé para assegurar mais alunos. Cumpre que a verdade alcance as almas prestes a perecer; e caso ela seja de algum modo oculta, Deus é desonrado, e sobre nossas vestes se encontrará o sangue das almas. CE 130 2 Enquanto os que se acham ligados a nossas instituições andarem humildemente diante de Deus, os seres celestes hão de cooperar com eles; conservem, porém, todos em mente que Deus disse: "Aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. Nunca, por um momento, deve ser dada a ninguém a impressão de que lhe seria proveitoso ocultar sua fé e doutrinas ao povo incrédulo do mundo, temendo não ser tão altamente estimado se seus princípios forem conhecidos. Cristo exige de todos os Seus seguidores confissão aberta, varonil de sua fé. Cada um deve ocupar sua posição, e ser aquilo que Deus designa que ele seja, como espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Todo o Universo olha com inexprimível interesse para ver a obra final do grande conflito entre Cristo e Satanás. Todo cristão deve ser uma luz, não escondida sob um alqueire, ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que a luz se comunique a todos quantos se acham na casa. Jamais, por covardia ou tática mundana, deixeis que a verdade de Deus seja deixada para trás. CE 131 1 Embora em muitos sentidos nossas instituições de ensino tenham entrado no conformismo com o mundo; embora tenham para ele avançado passo a passo, são ainda prisioneiros de esperança. A fatalidade não teceu suas malhas em torno de suas atividades a tal ponto que tenham de permanecer impotentes e na incerteza. Se derem ouvidos a Sua voz, e seguirem em Seus caminhos, Deus os corrigirá e ensinará, e os trará de volta a sua retilínea posição de distinção do mundo. Quando se discernir a vantagem de trabalhar na base dos princípios cristãos, quando o eu estiver escondido em Cristo, far-se-á progresso muito maior, pois cada obreiro sentirá sua própria fraqueza humana; ele suplicará de Deus sabedoria e graça, e receberá o divino auxílio prometido para cada emergência. CE 131 2 As circunstâncias adversas deviam criar o firme propósito de vencê-las. Uma barreira derribada dará maior coragem e condições para ir avante. Marchai na direção certa, e iniciai uma mudança, sólida, inteligentemente. Então as circunstâncias vos serão uma ajuda e não um embaraço. Dai início. O carvalho começa na semente. Para professores e administradores CE 131 3 Apelo a nossas escolas de ensino superior a que usem saudável discernimento e trabalhem num plano mais elevado. Nossas instalações educacionais devem ser purificadas de toda impureza. Nossas instituições têm de ser dirigidas com base em princípios cristãos se quiserem vencer todo empecilho. Se forem dirigidas segundo a sistemática do mundo, haverá falta de solidez na obra, falta de perspicaz discernimento espiritual. A condição do mundo antes do primeiro aparecimento de Cristo é um quadro da condição do mundo justo antes do segundo advento. O povo judeu foi destruído porque rejeitou a mensagem de salvação enviada pelo Céu. Não seguirão o exemplo dos que rejeitaram a luz para sua própria ruína aqueles que vivem nesta geração, a quem Deus tem enviado grande luz e maravilhosas oportunidades? CE 132 1 Muitos hoje ocultam os seus rostos com véu. Estes véus são simpatia com práticas e costumes do mundo, que ocultam neles a glória de Deus. O Senhor deseja que conservemos os nossos olhos fixos nEle, para perdermos de vista as coisas deste mundo. CE 132 2 À medida que a verdade é introduzida na vida prática, a norma deve ser cada vez mais elevada, até estar à altura dos reclamos da Bíblia. Isto exigirá oposição às modas, costumes, práticas e máximas do mundo. Influências mundanas, como as ondas do mar, arremessam-se contra os seguidores de Cristo para afastá-los dos verdadeiros princípios de Sua mansidão e graça; mas devemos estar firmes ao princípio como uma rocha. Fazer isto requererá coragem moral, e aqueles cuja alma não está fixada à Rocha eterna serão varridos pela correnteza do mundo. Só podemos permanecer firmes se nossa vida estiver escondida com Cristo em Deus. A independência moral é absolutamente legítima quando em oposição ao mundo. Ao nos conformarmos inteiramente com a vontade de Deus, somos postos em terreno vantajoso, e veremos a necessidade de decidida separação dos costumes e práticas do mundo. CE 132 3 Não devemos elevar nossa norma apenas um pouco acima das normas do mundo, mas devemos procurar que a distinção seja decididamente notória. A razão por que temos tido tão pouca influência sobre parentes e amigos incrédulos é que tem havido muito pouca decidida diferença entre nossas práticas e as do mundo. CE 133 1 Muitos professores permitem que sua mente busque um nível demasiado estreito e baixo. Não conservam sempre em vista o plano divino, mas estão fixando os olhos em modelos seculares. Olhai para cima, "onde Cristo está sentado à mão direita de Deus", e lutai então para que vossos alunos sejam postos em conformidade com o Seu caráter perfeito. Indicai aos jovens a escada de oito degraus de Pedro, e ponde-lhes os pés, não no último degrau, mas no primeiro, e com fervor pedi-lhes que subam até o último. CE 133 2 Cristo, que une a Terra e o Céu, é a escada. A base está plantada firmemente na Terra em Sua humanidade; o topo em sua extremidade final alcança o trono de Deus em Sua divindade. A humanidade de Cristo envolve a caída família humana, enquanto a Sua divindade Se firma no trono de Deus. Somos salvos pelo subir a escada degrau a degrau, olhando para Cristo, apegando-nos a Cristo, elevando-nos passo a passo até a estatura de Cristo, de modo que Ele Se faz para nós sabedoria e justiça e santificação e redenção. A fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor são degraus desta escada. Todas essas graças devem ser vistas no caráter cristão; e "procedendo assim não tropeçareis em tempo algum. Pois, desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor Jesus Cristo". 2 Pedro 1:10, 11. CE 133 3 Não é coisa fácil obter o inapreciável tesouro da vida eterna. Ninguém pode fazer isto e flutuar com a corrente do mundo. Terá que sair do mundo, separar-se, e não tocar coisa imunda. Ninguém pode agir como mundano sem ser levado pela corrente do mundo. Ninguém fará qualquer progresso para o alto sem perseverante esforço. Aquele que quiser vencer tem de apegar-se a Cristo. Não deve olhar para trás, mas manter os olhos no alto, indo de graça em graça. Vigilância individual é o preço da segurança. Satanás está disputando no jogo da vida o prêmio de vossa alma. Não vos inclineis para o seu lado nem uma só polegada, não suceda obter ele vantagem sobre vós. CE 134 1 Se algum dia alcançarmos o Céu, será por havermos ligado nossa alma a Cristo, apoiando-nos nEle e libertando-nos do mundo, de suas atrações e encantamento. Deve haver de nossa parte cooperação espiritual com as inteligências celestiais. Precisamos crer, trabalhar, orar, vigiar e esperar. Como aquisição do Filho de Deus, somos propriedade Sua, e cada um deve ser educado na escola de Cristo. Tanto os professores como os alunos devem fazer diligente trabalho para a eternidade. O fim de todas as coisas está próximo. Há necessidade agora de homens armados e equipados para batalhar por Deus. CE 134 2 Não são os homens que devemos exaltar, mas Deus, o único Deus vivo e verdadeiro. A vida altruísta, o espírito generoso, capaz de sacrificar-se, a simpatia e o amor daqueles que detêm posições de confiança em nossas instituições, devem ter uma influência purificadora, enobrecedora, que fale com eloquência em favor do bem. Suas palavras em conselho não viriam então de um espírito auto-suficiente, de si mesmo exaltado, mas suas discretas virtudes seriam mais valiosas que o ouro. Se os homens lançarem mão da natureza divina, trabalhando num plano de adição, acrescentando graça a graça no aperfeiçoamento do caráter cristão, Deus agirá num plano de multiplicação. Ele diz em Sua Palavra: "Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor." 2 Pedro 1:2. CE 134 3 "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força, nem se glorie o rico nas suas riquezas; mas aquele que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." Jeremias 9:23, 24. "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?" "Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade, e que Te esqueces da rebelião do restante da Tua herança? O Senhor não retém Sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade." Miquéias 6:8; 7:18. "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante de Meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem." Isaías 1:16, 17. CE 135 1 Essas são as palavras de Deus a nós. O passado está contido no livro onde todas as coisas estão escritas; não podemos apagar o seu registro; mas se escolhermos aprender delas o passado nos ensinará suas lições. Ao fazê-lo nosso instrutor, podemos torná-lo também nosso amigo. Ao recordar do passado aquilo que é desagradável, aprendamos a não repetir o mesmo erro. Que coisa alguma no futuro seja registrado que nos cause pesar mais tarde. CE 135 2 Podemos evitar agora uma semeadura deplorável. Cada dia estamos fazendo nossa história. O ontem está além de nosso poder corrigir ou controlar; o hoje nos pertence. Não entristeçamos, pois, o Espírito de Deus hoje, porque amanhã não seremos capazes de trazer de volta o que tivermos feito. Hoje será então ontem. CE 135 3 Procuremos seguir o conselho de Deus em todas as coisas, pois Ele é infinito em sabedoria. Embora no passado tenhamos deixado de fazer por nossas crianças e jovens o que podíamos ter feito, arrependamo-nos agora e redimamos o tempo. O Senhor diz: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como carmesim, eles se tornarão como a branca lã. Se quiserdes e ouvirdes, comereis o bem desta terra; mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada." Isaías 1:18-20. A mensagem: "Avante", deve ainda ser ouvida e repetida. As diferentes situações que tomam lugar em nosso mundo reclamam um trabalho que faça frente a esses peculiares desenvolvimentos. O Senhor tem necessidade de homens que sejam espiritualmente atilados e argutos, homens que estejam sem dúvida recebendo o renovado maná celestial. O Espírito opera no coração desses homens, e a Palavra de Deus lança luz na mente, revelando-lhes mais do que nunca dantes a verdadeira sabedoria. CE 136 1 A educação dada aos jovens molda toda a estrutura social. Por todo o mundo se acha em desordem a sociedade, tornando-se necessária uma transformação cabal. Muitos julgam que melhores aparelhamentos para educação, maior capacidade, e métodos mais modernos, operarão o ajustamento. Professam crer e aceitar a Palavra de Deus, e todavia lhe dão lugar inferior na grande estrutura da educação. Aquilo que devia estar em primeiro lugar é subordinado às invenções humanas. CE 136 2 É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus, conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao amor de vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão aos alunos uma instrução deficiente e errônea. Os espíritos são desviados de um positivo "Assim diz o Senhor", que envolve interesses eternos para teorias e ensinos humanos. A verdade infinita e eterna, a revelação de Deus, é explicada em face de interpretações humanas, quando unicamente o poder do Espírito Santo pode revelar as coisas espirituais. A sabedoria humana é loucura; pois lhe falta o todo das providências de Deus, que visam a vida eterna. CE 137 1 Os reformadores não são demolidores. Jamais procurarão arruinar os que se não conformam com seus planos e não se lhes assemelham. Os reformadores precisam avançar, não recuar. Cumpre-lhes ser decididos, firmes, resolutos, inflexíveis; mas a firmeza não deve degenerar em espírito dominador. É desejo de Deus que todos quantos O servem sejam firmes como a rocha no que diz respeito a princípios, mas mansos e humildes de coração, como era Cristo. Então, permanecendo em Cristo poderão realizar a obra que ele faria se estivesse em seu lugar. Um espírito rude e condenador não é essencial ao heroísmo nas reformas para este tempo. Todos os métodos egoístas no serviço de Deus, são uma abominação aos Seus olhos. CE 137 2 Satanás age para tornar de nenhum efeito a oração de Cristo. Ele envida contínuos esforços para criar amargura e discórdia, pois onde há união há força, há uma unanimidade que nem todos os poderes do inferno conseguem quebrar. Todos os que ajudam os inimigos de Deus ao promoverem fraqueza, tristeza e desânimo em relação a qualquer dentre o povo de Deus, mediante seus próprios métodos e temperamentos perversos, estão trabalhando diretamente contra a oração de Cristo. ------------------------Capítulo 15 -- O caráter e a obra do professor CE 138 1 A obra feita em nossas escolas não deve ser como a que se faz nos colégios e seminários do mundo. Na grande obra da educação, a instrução nas ciências não deve ser de caráter inferior, mas deve ser considerado de primeira importância o conhecimento que habilitará um povo a subsistir no grande dia da preparação de Deus. Nossas escolas têm de assemelhar-se mais às dos profetas. Devem ser escolas de preparo missionário, onde os alunos sejam postos na disciplina de Cristo e aprendam do Grande Mestre. Escolas familiares, em que cada aluno seja objeto de especial auxílio de seus professores, como os membros da família devem receber no próprio lar. Brandura, simpatia, união e amor devem ser nutridos aí. Importa haver professores abnegados, cheios de dedicação, fiéis; professores que sejam constrangidos pelo amor de Deus e que, coração possuído de ternura, tenham cuidado da saúde e do bem-estar dos alunos. Cumpre-lhes ter como objetivo o fazer os estudantes progredirem em todo ramo essencial de conhecimento. CE 138 2 Professores sábios devem ser escolhidos para nossas escolas, daqueles capazes de sentir diante de Deus a responsabilidade de impressionar a mente com a necessidade de conhecer a Cristo como um Salvador pessoal. Desde o mais alto ao mais baixo grau, devem manifestar cuidado especial pela salvação dos alunos e, mediante esforço pessoal, buscar dirigir-lhes os pés nas veredas retas. Olhem eles compassivamente os que foram mal educados na infância, e busquem remediar defeitos, que, se conservados, hão de prejudicar grandemente o caráter. Ninguém pode realizar essa obra, a menos que primeiro haja aprendido na escola de Cristo o modo de ensinar. CE 138 3 Todos quantos ensinam em nossas escolas, devem estar em íntima comunhão com Deus, e ter cabal conhecimento de Sua Palavra, a fim de porem sabedoria e conhecimentos divinos na obra de educar a juventude para utilidade nesta vida, e para a outra, futura e imortal. Precisam ser homens e mulheres que não somente possuem certo conhecimento da verdade, mas que são observadores da Palavra de Deus. "Está escrito", eis o que devem exprimir por palavras e obras. Por sua própria maneira de viver devem ensinar simplicidade e correção de hábitos em tudo. Nenhum homem ou mulher deve estar ligado com nossas escolas como educador, a não ser que tenha demonstrado obediência à palavra do Senhor. CE 139 1 O diretor e os professores necessitam ser batizados com o Espírito Santo. A fervorosa oração de almas contritas será acolhida pelo trono, e Deus atenderá a essas súplicas ao tempo por Ele designado, uma vez que nos apeguemos a Seu braço pela fé. Que o próprio eu seja imerso em Cristo, e Cristo em Deus, e haverá tal manifestação de Seu poder, que abrandará e empolgará os corações. Cristo ensinava de maneira inteiramente diversa dos métodos comuns, e cumpre-nos ser colaboradores Seus. CE 139 2 Ensinar quer dizer muito mais do que muitos supõem. Requer grande habilidade o fazer a verdade compreendida Por isto todo professor se deve esforçar para possuir crescente conhecimento da verdade espiritual, mas não o pode obter enquanto se divorcie da Palavra de Deus. Caso ele queira ter suas faculdades e aptidões em diário progresso, precisa estudar, cumpre-lhe comer e digerir a Palavra, e trabalhar à maneira de Cristo. A alma nutrida pelo pão da vida, terá toda faculdade revigorada pelo Espírito de Deus. Esta é a comida que permanece para a vida eterna. CE 139 3 Os professores que aprenderem do Grande Mestre, experimentarão o auxílio de Deus, como aconteceu com Daniel e seus companheiros. Eles precisam ascender em direção ao Céu, em vez de permanecerem na planície. A experiência cristã deve estar aliada a toda verdadeira educação. "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo." 1 Pedro 2:5. Professores e alunos devem ponderar esta descrição a ver se pertencem à classe que, mediante a abundante graça concedida, estão obtendo a experiência que todo filho de Deus precisa ter antes de poder entrar em uma classe superior. Em todo ensino que comunicam, os professores devem transmitir luz do trono de Deus; pois a educação é uma obra cujo efeito se manifestará pelos incessantes séculos da eternidade. CE 140 1 Os professores devem induzir os alunos a pensar, e a entender claramente a verdade por si mesmos. Não basta ao mestre explicar, ou ao aluno crer; cumpre suscitar o espírito de investigação, e o aluno ser atraído a enunciar a verdade em sua própria linguagem, tornando assim evidente que lhe vê a força e faz a aplicação. Por trabalhosos esforços, as verdades vitais devem assim ser gravadas no espírito. Talvez isto seja um processo lento; é, porém, mais valioso do que passar correndo sobre assuntos importantes, sem a devida consideração. Deus espera que Suas instituições ultrapassem as do mundo; pois são representantes Suas. Os homens verdadeiramente ligados a Deus, revelarão ao mundo achar-se ao leme um agente mais que humano. CE 140 2 Nossos professores precisam aprender constantemente. Os reformadores necessitam reformar-se por sua vez, não somente em seus métodos de trabalho, mas no próprio coração. Precisam ser transformados pela graça de Deus. Quando Nicodemos, grande mestre em Israel, foi ter com Jesus, o Mestre expôs-lhe as condições de vida divina, ensinando-lhe o próprio alfabeto da conversão. Nicodemos perguntou: "Como pode ser isso?" "Tu és mestre em Israel, e não sabes isto?" respondeu-lhe Cristo. CE 141 1 Esta pergunta podia ser feita a muitos que ocupam agora posição de mestres, mas que negligenciaram o preparo essencial que os habilitaria para essa obra Se as palavras de Cristo fossem recebidas na alma, então haveria muito maior inteligência, e muito mais profundo conhecimento espiritual do que constitui um discípulo, um sincero seguidor de Cristo, e um educador a quem Ele pode aprovar. Deficiências dos professores CE 141 2 Muitos de nossos professores têm bastante a desaprender, e outro tanto, de diverso caráter, a aprender. A menos que sejam voluntários em fazer isto -- a menos que se tornem inteiramente familiarizados com a Palavra de Deus e sua mente se absorva no estudo das gloriosas verdades concernentes à vida do Grande Mestre -- estimularão os próprios erros que o Senhor está buscando corrigir. Planos e opiniões que não devem ser nutridos, gravar-se-"o na mente e, em toda sinceridade, eles chegarão a conclusões errôneas e perigosas. Assim semear-se-ão sementes que não são genuínas. Muitos costumes e práticas comuns no trabalho escolar, e que podem ser considerados como coisas sem importância, não podem ser agora introduzidos em nossas escolas. Talvez seja difícil aos professores abandonarem idéias e métodos longamente cultivados; mas se eles indagarem sincera e humildemente a cada passo: "É este o caminho do Senhor?" e se submeterem a Sua direção, Ele os conduzirá por caminhos seguros, e suas idéias se mudarão pela experiência. CE 141 3 Os professores em nossas escolas precisam investigar as Escrituras, até compreendê-las por si mesmos, abrindo o coração aos preciosos raios de luz que Deus deu, e neles andando. Serão então ensinados por Deus, e trabalharão em sentido inteiramente diverso, introduzindo na instrução que ministram menos das teorias e sentimentos dos homens que nunca tiveram ligação com Deus. Honrarão incomparavelmente menos a sabedoria finita, e sentirão profunda fome de alma pela sabedoria que de Deus provém. CE 142 1 À pergunta dirigida por Cristo aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?" Pedro respondeu: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna E nós temos crido e conhecido que Tu és o Cristo, o Filho de Deus." João 6:67-69. Quando os professores levarem essas palavras para a obra de suas salas de aula, o Espírito Santo estará presente para fazer com que elas operem em mentes e corações. O trabalho do professor CE 142 2 Os professores devem ser colaboradores de Deus na promoção e condução da obra que Cristo por Seu próprio exemplo ensinou-os a realizar. Devem ser sem nenhuma dúvida a luz do mundo, porque manifestam aqueles graciosos atributos revelados no caráter e obra de Cristo, atributos que enriquecerão e embelezarão sua própria vida como discípulos de Cristo. CE 142 3 Que solene, sagrada, importante obra é o esforço de representar o caráter de Cristo e Seu Espírito a nosso mundo! Este é o privilégio de cada responsável e de cada professor com ele relacionado na obra de educar, instruir e disciplinar a mente dos jovens. Todos precisam estar sob a inspiradora, confortante convicção de que estão sem qualquer dúvida tomando o jugo de Cristo e levando o Seu fardo. CE 142 4 Enfrentar-se-ão provas neste trabalho; o desânimo pressionará a alma ao verem os professores que seus esforços nem sempre são apreciados. Satanás exercerá sobre eles o seu poder em tentações, em desencorajamentos, em aflições por enfermidades físicas, esperando poder levá-los a murmurar contra Deus e fechar-lhes o entendimento para Sua bondade, misericórdia e amor, e o excessivo peso de glória que deve ser a recompensa do vencedor. Mas Deus está levando essas almas a mais perfeita confiança em seu Pai celestial. Seus olhos estão sobre eles cada momento; e se erguerem o seu clamor a Ele em fé, se em sua perplexidade arrimarem nEle a alma, o Senhor os trará como ouro purificado. O Senhor Jesus disse: "Não te deixarei, nem te desampararei." Hebreus 13:5. Deus pode permitir o surgimento de uma cadeia de circunstâncias que os levem a correr para a Fortaleza, pela fé pressionando o trono de Deus em meio a espessas nuvens de trevas, pois mesmo aqui Sua presença está oculta Mas Ele está sempre pronto a livrar a todos que nEle confiam. Assim obtida, a vitória será mais completa, o triunfo mais seguro, porque o provado, pressionado e afligido, pode dizer: "Ainda que Ele me mate, nEle confiarei." Jó 13:15. "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação." Habacuque 3:17, 18. Um apelo pessoal CE 143 1 Apelo aos professores em nossas instituições educativas a que não deixem o fervor religioso e o zelo retrocederem. Não façais movimentos de recuo, mas seja vossa senha: "Avante." Nossas escolas devem erguer-se para um plano de ação muito mais elevado; mais ampla visão deve ser alcançada; deve existir mais forte fé e mais profunda piedade; a Palavra de Deus deve tornar-se a raiz e os ramos de toda sabedoria e de toda conquista intelectual. Quando o convertedor poder de Deus tomar posse deles, verão que o conhecimento de Deus cobre um campo muito mais vasto do que os assim chamados "métodos avançados" da educação. Em toda instrução dada, devem lembrar-se das palavras de Cristo: "Vós sois a luz do mundo." Mateus 5:14. Não experimentarão assim embaraços tão grandes ao prepararem missionários que saiam e dêem a outros o seu conhecimento. CE 144 1 Temos toda dotação de capacidade, toda possibilidade provida para o desempenho de deveres sobre nós impendentes; e devemos ser gratos a Deus que por Sua misericórdia temos essas vantagens, e possuímos o conhecimento de Sua graça, da verdade e do dever presentes. Estais, então, como professores, procurando manter a falsa educação que tendes recebido? Estais perdendo as preciosas oportunidades a vós concedidas de vos familiarizardes melhor com os planos e métodos de Deus? Credes na Palavra de Deus? Estais vos tornando cada dia melhor capacitados a compreender, a dar a vós mesmos ao Senhor, e a ser usados em Seu serviço? Sois missionários para fazer a vontade de Deus? Credes na Bíblia e lhe dais ouvidos? Credes que estamos vivendo nos últimos dias da história da Terra? E tendes coração que pode sentir? Temos diante de nós uma grande obra; devemos ser portadores da santa luz da Palavra de Deus, a qual deve iluminar todas as nações. Somos cristãos, e que estamos fazendo? CE 144 2 Assumi vossa posição, professores, como educadores de fato, e mediante palavras e expressões de interesse por suas almas derramai no coração dos estudantes torrentes vivas do amor que redime. Aconselhai-os antes que sua mente esteja previamente ocupada com sua obra escolar. Animai-os a buscar a Cristo e Sua justiça. Mostrai-lhes as mudanças que certamente ocorrerão se entregarem o coração a Cristo. Fortalecei-lhes a atenção nEle; isto fechará a porta a tolas aspirações que naturalmente surgem, e preparar-lhes-á a mente para a recepção da verdade divina. Os jovens devem aprender que o tempo é de ouro, que é perigoso pensar que podem semear "desvarios" e deixar de colher uma messe de ais e ruínas. Devem ser ensinados a ser sensatos e a admirar o que é bom no caráter de outros, a pôr a sua vontade ao lado da vontade de Deus, para estarem habilitados a cantar o novo cântico em mistura com as harmonias do Céu. CE 145 1 Despi-vos de toda manifestação de importância pessoal, pois não vos pode ajudar em vosso trabalho; contudo eu vos imploro que tenhais o mais alto apreço por vosso próprio caráter, pois fostes comprados por preço infinito. Sede cuidadosos, dedicados à oração, compenetrados. Não imagineis poder misturar o santo e o profano. Isto tem sido feito no passado de modo tão constante que o discernimento espiritual dos professores ficou obscurecido, e eles não logram discernir entre o que é sagrado e o que é comum. Eles têm utilizado o fogo comum e têm-no apreciado, exaltado e louvado, e o Senhor tem-Se afastado com desgosto. Professores, não seria melhor fazer plena consagração de vós mesmos a Deus? Arriscaríeis vossa alma num serviço dividido? CE 145 2 Dai a Deus pela pena e pela voz a honra que Lhe é devida. Santificai o Senhor Deus em vosso coração, e estais sempre prontos para dar a qualquer que vos pergunte, com mansidão e temor, a razão da esperança que há em vós. Não compreenderão isto os professores de nossas escolas? Não tomarão a Palavra de Deus como livro de texto capaz de fazê-los sábios para a salvação? Não partilharão com os estudantes esta mais alta sabedoria, dando-lhes claras e acuradas idéias da verdade, a fim de que saibam apresentar essas idéias a outros? Pode parecer que o ensino da Palavra de Deus tenha apenas pouco efeito sobre muitas mentes e corações; mas se o trabalho do professor tiver sido operado em Deus, algumas lições da verdade divina permanecerão na memória até mesmo do mais desatento. O Espírito Santo regará a semente semeada, e não raro depois de muitos dias ela germinará, dando fruto para glória de Deus. CE 145 3 O Grande Mestre que veio do Céu não determinou que os professores estudem quaisquer dos reputados grandes autores. Ele diz: "Vinde a Mim. ... Aprendei de Mim... e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28, 29. Ao aprendermos lições de Cristo encontraremos descanso, Ele prometeu. Todos os tesouros do Céu foram-Lhe confiados, a fim de que pudesse dá-los ao pesquisador perseverante, diligente. Ele é por Deus feito para nós "sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção". 1 Coríntios 1:30. CE 146 1 Os professores devem compreender que lições comunicar, ou não poderão preparar estudantes para passarem de ano. Devem estudar as lições de Cristo e o caráter de Seu ensino. Devem ver sua libertação do formalismo e da tradição, e apreciar a originalidade, a autoridade, a espiritualidade, a bondade, a benevolência e a praticabilidade do Seu ensino. Os que fazem da Palavra de Deus o seu estudo, que cavam em busca dos tesouros da verdade, tornar-se-ão imbuídos do Espírito de Cristo, e pela contemplação serão mudados em Sua semelhança. Os que apreciam a Palavra ensinarão como discípulos que se têm colocado aos pés de Jesus e se acostumaram a aprender dEle. Em lugar de introduzir em nossas escolas livros que contêm teorias dos grandes autores do mundo, eles dirão: Não se me induza a desconsiderar o maior Autor e o maior Mestre, por cujo intermédio obtenho a vida eterna. Ele jamais erra. É a grande Fonte de onde flui toda sabedoria. Semeie portanto todo professor a semente da verdade no espírito dos estudantes. Cristo é o Professor-Modelo. CE 146 2 A Palavra do Deus eterno é nosso guia Por meio desta Palavra temos nos tornado sábios para a salvação. Esta Palavra deve estar sempre em nosso coração e em nossos lábios. "Está escrito" deve ser nossa âncora. Os que fazem da Palavra de Deus o seu conselheiro compreendem a fraqueza do coração humano e o poder da graça de Deus para subjugar todo impulso profano, não santificado. O seu coração está sempre em atitude de oração, e eles têm a guarda de santos anjos. Quando o inimigo vem como uma inundação, o Espírito de Deus arvora contra ele a Sua bandeira. Há harmonia no coração; pois as preciosas, poderosas influências da verdade promovem o equilíbrio. Há uma revelação da fé que obra por caridade e purifica a alma. CE 147 1 Orai pelo novo nascimento. Se experimentardes este novo nascimento deleitar-vos-eis, não nos tortuosos caminhos de vossos próprios desejos, mas no Senhor. Desejareis estar sob Sua autoridade. Estareis de contínuo procurando alcançar norma mais alta. Sede não apenas leitores da Bíblia, mas ferventes estudiosos dela, para que possais saber o que Deus requer de vós. Necessitais do conhecimento experimental de como fazer a Sua vontade. Cristo é nosso Professor. CE 147 2 Estude cada professor em nossas escolas e cada administrador de nossas instituições o que lhes é necessário fazer para trabalhar segundo Suas diretrizes e levar com eles o senso do perdão, do conforto e da esperança. CE 147 3 Mensageiros celestiais são enviados para ministrar aos que serão herdeiros da salvação; e eles poderiam conversar com os professores, não estivessem estes tão satisfeitos com o bem-batido caminho da tradição, se não estivessem tão temerosos de se afastarem das sombras do mundo. Devem os professores estar atentos, não aconteça venham a fechar as portas, de modo que o Senhor não encontre entrada para o coração dos jovens. ------------------------Capítulo 16 -- Palavras de um instrutor celeste CE 148 1 Durante a noite, eu me achava em um grande grupo, em que o espírito de todos os presentes estava sendo agitado com o assunto da educação. Muitos apresentavam objeções a que se mudasse a espécie da educação há tanto tempo em voga Alguém, que de há muito tem sido nosso instrutor, falava ao povo. Dizia: "O assunto da educação deve interessar a todo o corpo de adventistas do sétimo dia. As decisões referentes ao caráter de nossa obra escolar não devem ser de todo deixadas aos diretores e professores." CE 148 2 Alguns insistiam fortemente quanto ao estudo de autores incrédulos, e recomendavam os próprios livros condenados pelo Senhor e que, portanto, não devem de maneira alguma ser sancionados. Depois de muita conversa e discussão fervorosas, nosso Instrutor adiantou-Se e, segurando livros que haviam sido defendidos com ardor como sendo essenciais a uma educação mais elevada, disse: "Achais nesses autores sentimentos e princípios que façam de todo seguro colocá-los nas mãos dos alunos? O espírito humano é facilmente fascinado pelas mentiras de Satanás; e estas obras produzem desinteresse pela contemplação da Palavra de Deus, a qual, caso seja recebida e apreciada, assegurará vida eterna ao que a recebe. Vós sois frutos do hábito, e deveis lembrar que os bons hábitos, são bênçãos, tanto em seu efeito sobre vosso caráter, como em sua influência para o bem nos outros; os maus hábitos, porém, uma vez estabelecidos, exercem poder despótico, escravizando o espírito. Se nunca houvésseis lido uma palavra nesses livros, estaríeis hoje incomparavelmente mais capazes de compreender aquele Livro que, acima de todos os outros, é digno de ser estudado, e que dá as únicas idéias corretas acerca da educação superior. CE 148 3 "O fato de haver sido costume introduzir esses autores entre vossos compêndios, e que esse costume haja encanecido pelos anos, não é nenhum argumento em seu favor. O longo uso não recomenda necessariamente tais livros como livres de perigo ou essenciais. Esses livros têm levado milhares aonde Satanás levou Adão e Eva -- à árvore da ciência de que Deus lhes proibira comer. Eles têm induzido alunos a abandonar o estudo das Escrituras por uma espécie de estudo que não é essencial. Caso os alunos assim educados devam ser aptos para trabalhar em prol de almas, terão de desaprender muito do que aprenderam. Verificarão que isto será um processo difícil; pois as idéias objetáveis se haverão arraigado em seu espírito como as ervas ruins em um jardim, de modo que alguns jamais serão capazes de discernir entre o direito e o torto. O bem e o mal se haverão mesclado em sua educação. Foram exaltados os homens para que os contemplassem, suas teorias glorificadas; de modo que, ao buscarem ensinar a outros, a pequena verdade que podem repetir se acha entremeada de opiniões, ditos e feitos humanos. As palavras de homens que demonstram não possuir conhecimento prático de Cristo, não devem ter lugar em nossas escolas. Servirão de obstáculo à verdadeira educação. CE 149 1 "Vós tendes a Palavra do Deus vivo, e pedindo, podereis possuir o dom do Espírito Santo para tornar essa Palavra um poder para os que crêem e obedecem. A obra do Espírito Santo é guiar em toda a verdade. Quando dependerdes, de espírito, alma e coração, da palavra do Deus vivo, os condutos de comunicação estarão desobstruídos. O estudo profundo e sincero da Palavra, sob a guia do Espírito Santo, proporcionar-vos-á o fresco maná, e o mesmo Espírito tornará seu uso eficaz. O esforço feito pelos jovens a fim de disciplinar a mente em busca de elevados e santos ideais, será recompensado. Os que se esforçam perseverantemente neste sentido, aplicando a mente à tarefa de compreender a Palavra de Deus, acham-se habilitados a ser colaboradores de Deus. CE 150 1 "O mundo reconhece como mestres alguns a quem o Senhor não pode recomendar como instrutores dignos de confiança Por estes é a Bíblia desdenhada, e recomendadas as produções dos autores incrédulos, como se contivessem os sentimentos que convém entretecer no caráter. Que podeis esperar dessa espécie de semeadura? No estudo desses livros objetáveis, a mente dos professores, juntamente com a dos alunos, vem a corromper-se, e o inimigo semeia seu joio. Não pode ser de outro modo. Bebendo de uma fonte impura, introduzimos veneno no organismo. Os jovens inexperientes que são levados nessa direção de estudo, recebem impressões que lhes dirigem os pensamentos a caminhos fatais à piedade. Jovens mandados a escolas nossas, têm aprendido de livros julgados sãos, porque eram usados e recomendados nas escolas do mundo. Mas dessas escolas mundanas assim seguidas, muitos alunos têm saído incrédulos em razão do estudo desses próprios livros. CE 150 2 "Por que não tendes exaltado a Palavra de Deus acima de toda produção humana? Não basta porventura manter-se achegado ao Autor de toda verdade? Não ficais satisfeitos de tirar água pura das correntes do Líbano? Deus possui fontes vivas com que refrigerar a alma sedenta, e depósitos de precioso mantimento com que revigorar a espiritualidade. Aprendei dEle, e habilitar-vos-á a dar aos que pedirem uma razão da esperança que há em vós. Acaso pensais que um melhor conhecimento daquilo que o Senhor disse teria efeito deletério sobre professores e alunos?" CE 150 3 Fez-se silêncio na assembléia e a convicção apoderou-se de cada coração. Homens que se haviam julgado sábios e fortes, viram que eram fracos e faltos do conhecimento daquele Livro que interessa ao destino eterno da alma humana. CE 151 1 O mensageiro de Deus tomou então das mãos de vários professores os livros que tinham estado usando como compêndios, alguns dos quais escritos por autores infiéis e continham sentimentos do mesmo gênero, e pô-los de parte, dizendo: "Nunca houve em vossa vida tempo em que o estudo desses livros vos fosse benéfico e de progresso no presente, ou para vosso bem futuro e eterno. Por que encheis vossas estantes de livros que vos afastam a mente de Cristo? Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? Cristo vos pede: 'Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração.' Necessitais de comer do Pão da Vida, que desceu do Céu. Precisais ser mais diligentes estudantes das Santas Escrituras, e beber da Fonte viva. Sorvei, sorvei de Cristo em fervente oração. Alcançai dia a dia experiência em comer da carne e beber do sangue do Filho de Deus. Os autores humanos jamais vos poderão suprir a grande necessidade para este tempo; mas contemplando a Cristo, autor e consumador de vossa fé, sereis transformados à Sua semelhança" CE 151 2 Colocando a Bíblia nas mãos deles, continuou: "Pouco conhecimento tendes deste livro. Não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus, nem entendeis a profunda importância da mensagem a ser levada a um mundo agonizante. O passado mostra que tanto professores como alunos conhecem bem pouco a respeito das assombrosas verdades que são assuntos vivos para o tempo atual. Fosse a terceira mensagem angélica proclamada em todos os aspectos a muitos que ocupam posição de educadores, e não seria compreendida por eles. Tivésseis vós o conhecimento que provém de Deus, todo o vosso ser proclamaria a verdade do Deus vivo ao mundo morto em ofensas e pecados. Mas livros e revistas que pouco encerram da presente verdade são exaltados, e os homens estão-se tornando demasiado sábios para seguir um 'Assim diz o Senhor'. CE 152 1 "O único verdadeiro Deus deve ser exaltado por todo professor em nossas escolas, mas muitos atalaias se acham adormecidos. São como o cego que conduz outro cego. Todavia o dia do Senhor está mesmo às portas. Vem a passos furtivos como o ladrão, e encontrará desapercebidos todos os que não estão vigilantes. Quem, entre nossos professores, está alerta e como mordomo fiel da graça de Deus, dando à trombeta um sonido certo? Quem está proclamando a mensagem do terceiro anjo, chamando o mundo a preparar-se para o grande dia de Deus? A mensagem que apresentamos tem o selo do Deus vivo." CE 152 2 Apontando para a Bíblia, Ele disse: As Escrituras do Velho e do Novo Testamentos devem ser unidas na obra de preparar um povo para subsistir no dia do Senhor. Aproveitai diligentemente vossas oportunidades de hoje. Tornai a Palavra do Deus vivo o vosso compêndio. Caso isto houvesse sido sempre feito, alunos hoje perdidos para a causa de Deus seriam agora missionários. Jeová é o único Deus verdadeiro, e deve ser reverenciado e adorado. Os que respeitam as palavras de autores incrédulos e levam os alunos a considerar esses livros como essenciais em sua educação, diminuem sua fé em Deus. O tom, o espírito, a influência desses livros são deletérios aos que deles dependem quanto ao conhecimento. Tem-se exercido sobre os alunos influências que os levaram a desviar os olhos de Cristo, a luz do mundo, e os anjos maus se regozijam de que os que professam conhecer a Deus O neguem como Ele tem sido negado em nossas escolas. O Sol da Justiça tem brilhado sobre a igreja para dissipar as trevas e chamar a atenção do povo de Deus ao preparo essencial aos que devem brilhar como luzes no mundo. Os que recebem essa luz, compreendê-la-ão; os que não a recebem, andarão em trevas, não sabendo em que tropeçam. A alma nunca se acha em segurança a menos que esteja sob a guia divina Então, será conduzida a toda a verdade. A Palavra de Cristo cairá com poder vivo sobre os corações obedientes; e mediante a aplicação da verdade divina, reproduzir-se-á a perfeita imagem de Deus, e se dirá no Céu: 'E estais perfeitos nEle.'" Colossences 2:10. CE 153 1 Em caso algum deve ser permitido que os alunos tenham tantos estudos que sejam impedidos de assistir aos serviços religiosos. CE 153 2 Ninguém a não ser Aquele que criou o homem pode efetuar uma mudança no coração humano. Somente Deus pode dar o crescimento. Cada professor deve compreender que ele precisa ser movido por instrumentalidades divinas. Julgamentos e idéias humanas, mesmo do mais experimentado, são passíveis de imperfeições e de faltas, e o frágil instrumento, sujeito a seus próprios traços hereditários de caráter, precisa submeter-se à santificação do Espírito Santo diariamente, ou o eu assumirá as rédeas e procurará dirigir. No manso e humilde espírito de discípulo, todo método, planos e idéias humanos devem ser levados a Deus para sua correção e aprovação; de outro modo a incansável energia de Paulo ou a habilidosa lógica de Apolo serão impotentes para efetuar a conversão das almas. ------------------------Capítulo 17 -- Internatos escolares CE 154 1 Para cursarem nossos colégios, muitos jovens são separados das influências do círculo doméstico, próprias para abrandar e enternecer. Exatamente ao tempo em que necessitam de vigilante fiscalização, são retirados das restrições da influência paternal e de sua autoridade, sendo lançados no convívio de grande número de outros da mesma idade, de hábitos e caráter diversos. Alguns desses receberam em criança bem pouca disciplina, e são superficiais e frívolos; outros foram demasiado refreados e sentiram quando longe das mãos que lhes seguravam as rédeas do controle talvez um tanto apertadas demais, que eram livres para fazer como lhes aprouvesse. Desprezam só o pensar em restrição. Por essas associações, são demasiadamente acrescidos os perigos dos jovens. CE 154 2 Nossos internatos foram estabelecidos a fim de nossos jovens não serem levados a flutuar daqui para ali, e serem expostos às más influências que abundam em toda parte; mas para que, o quanto possível, se proveja uma atmosfera doméstica em que sejam preservados de tentações à imoralidade, e sejam encaminhados a Jesus. A família do Céu representa aquilo que a terrena devia ser; e nossos internatos, onde se reúnem jovens em busca de preparo para o serviço de Deus, devem-se aproximar o quanto possível do modelo divino. CE 154 3 Os professores colocados à testa desses lares, assumem sérias responsabilidades; pois devem desempenhar o papel de pais e mães, mostrando interesse nos alunos, em cada um, da mesma maneira que os pais mostram nos filhos. Os variáveis elementos que compõem o caráter da mocidade com quem são chamados a lidar, trazem sobre eles cuidado e pesadas responsabilidades, e requer-se grande tato bem como muita paciência para equilibrar na devida direção mentes torcidas por uma orientação errônea. Os professores precisam de grande capacidade administrativa; cumpre-lhes ser leais aos princípios, e todavia sábios e brandos, aliando o amor e a simpatia cristã com a disciplina. Devem ser homens e mulheres de fé, de sabedoria e oração. Não devem manifestar uma dignidade severa, inflexível, mas associarem-se com a juventude, identificando-se com eles em suas alegrias e dores, bem como em sua diária rotina de trabalho. A obediência prestada com alegria e amor, será em geral o fruto de tal esforço. Deveres domésticos CE 155 1 A educação que um rapaz ou uma moça que cursa nossos colégios devia receber na vida doméstica, é merecedora de especial atenção. É de grande importância na obra da formação do caráter, que alunos que estão em nossos colégios sejam ensinados a desempenhar-se do trabalho que lhes é designado, afastando toda tendência a ser negligentes. Eles precisam familiarizar-se com os deveres da vida diária Devem ser ensinados a cumprir seus deveres domésticos cabalmente e bem, com o mínimo de ruído e confusão possível. Tudo deve ser feito decentemente e com ordem. A cozinha e todas as outras partes do edifício devem ser mantidas agradáveis e limpas. Os livros sejam postos de lado até o tempo próprio, e não tomem mais estudos do que os que possam ser atendidos sem prejudicar os deveres domésticos. O estudo dos livros não deve absorver a mente a tal ponto que se negligenciem os deveres domésticos de que depende o conforto da família. CE 155 2 No cumprimento desses deveres, importa vencer os hábitos descuidados, negligentes e desordenados; pois a menos que sejam corrigidos, tais hábitos serão levados para todos os aspectos da vida, e esta será arruinada para a utilidade, para o verdadeiro trabalho missionário. A menos que sejam corrigidos com perseverança e resolução, eles vencerão o aluno para o tempo e a eternidade. Os jovens devem ser estimulados a formar hábitos corretos no vestir, de modo a que sua aparência seja alinhada e atrativa; ensine-se-lhes a conservar as roupas limpas e bem consertadas. Todos os seus hábitos devem ser de molde a torná-los um auxílio e um conforto aos outros. CE 156 1 Foram dadas orientações especiais às hostes dos filhos de Israel para que, ao redor de suas tendas, tudo estivesse limpo e em ordem para que o anjo do Senhor não passasse pelo meio do acampamento e visse desasseio. Seria o Senhor tão exigente que notasse essas coisas? Seria; pois é declarado que, vendo Ele a imundície do povo não poderia sair com seus exércitos a batalhar contra os inimigos deles. De igual modo todas as nossas ações são notadas por Deus. Aquele Deus que requeria que os filhos de Israel crescessem com hábitos de limpeza, não sancionará qualquer impureza no lar hoje. CE 156 2 Deus confiou aos pais e professores a obra de educar as crianças e os jovens nessas direções, e em todos os atos de sua vida podem ser-lhes ensinadas lições espirituais. Enquanto são exercitados em hábitos de asseio, devemos ensinar-lhes que Deus deseja que sejam limpos de coração, da mesma maneira que de corpo. Enquanto varrem um aposento, podem aprender como o Senhor purifica o coração. Eles não fechariam portas e janelas e deixariam no aposento alguma substância purificadora, mas abririam as portas e as janelas de par em par, expelindo o pó com toda a diligência Assim as janelas do impulso e sentimento se devem abrir em direção ao Céu, e o pó do egoísmo e terrenidade deve ser expelido. A graça de Deus precisa varrer as câmaras da mente, e todo elemento da natureza ser purificado e vivificado pelo Espírito de Deus. A desordem e desasseio nos deveres diários levarão ao esquecimento de Deus e a manter uma forma de piedade numa profissão de fé, havendo perdido a realidade. Cumpre-nos vigiar e orar, do contrário andaremos num mundo imaginário e perderemos o real. CE 157 1 Uma fé viva, qual fios de ouro, deve entretecer-se na experiência diária, no cumprimento dos pequeninos deveres. Então os alunos serão levados a compreender os puros princípios que Deus designa que impulsionem todos os atos de sua vida Então todo o trabalho diário será de tal natureza que promova o desenvolvimento cristão. Os princípios vitais da fé, da confiança e amor para com Jesus penetrarão os mínimos pormenores da vida diária. Os olhos estarão postos em Jesus, e o amor para com Ele será o motivo constante, dando força vital a todo dever empreendido. Haverá esforço na perseguição da justiça, uma esperança que "não envergonha". Tudo quanto for feito, sê-lo-á para a glória de Deus. CE 157 2 A todo aluno no lar, desejo dizer: Sede fiéis aos deveres domésticos. Sede fiéis no desempenho das pequenas responsabilidades. Sede um cristão verdadeiramente vivo no lar. Deixai que os princípios cristãos vos governem o coração e rejam a conduta. Dai ouvidos a toda sugestão feita pelo professor, mas não deixeis que se torne uma necessidade que vos digam sempre o que deveis fazer. Discerni por vós mesmos. Observai por vós mesmos se tudo em vosso quarto está impecavelmente limpo e em ordem, de modo que coisa alguma aí seja ofensiva a Deus, mas que, ao passarem os santos anjos por vosso aposento, sejam atraídos a se demorar, atraídos pelo asseio e a ordem que aí reinam. Cumprindo pronta, esmerada e fielmente vossos deveres, sois missionários. Sois testemunha de Cristo. Mostrais que a religião de Cristo não vos torna, seja em princípio, seja na prática, desalinhados, vulgares, desrespeitosos para com vossos professores, pouco atenciosos para com seus conselhos e instruções. A religião bíblica, quando praticada, tornar-vos-á bondosos, considerados, fiéis. Não negligenciareis as pequeninas coisas que devem ser feitas. Adotai como divisa as palavras de Cristo: "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito." A sociabilidade e cortesia cristã CE 158 1 A sociabilidade cristã é na verdade bem pouco cultivada pelo povo de Deus. Este ramo de educação não deve ser negligenciado ou perdido de vista em nossas escolas. CE 158 2 Aos alunos deve ser ensinado que eles não são átomos independentes, mas que cada um é um fio que se deve unir a outros fios na composição de um tecido. Em nenhum departamento pode essa instrução ser ministrada com mais eficácia, do que na escola doméstica Aí se acham os alunos diariamente circundados de oportunidades que, se forem aproveitadas, ajudarão grandemente no desenvolvimento dos traços de caráter a formarem. Está no poder deles próprios aproveitarem de tal maneira seu tempo e oportunidades que formem um caráter que os torne úteis e felizes. Os que se encerram em si mesmos, que são avessos a se desdobrarem para beneficiar os outros mediante amigável convívio, perdem muitas bênçãos; pois mediante o contato mútuo os espíritos são polidos e refinados; por meio do intercâmbio social formam-se relações e amizades que dão em resultado certa unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. CE 158 3 Os que provaram o amor de Cristo, em especial, devem desenvolver aptidões sociais, pois dessa maneira podem ganhar almas para o Salvador. Cristo não deve ficar oculto no coração deles, encerrado como cobiçado tesouro, sagrado e aprazível, a ser desfrutado apenas por eles próprios; tampouco deve o amor de Cristo ser manifestado unicamente para com aqueles que lhes agradam à fantasia Cumpre ensinar os estudantes a cultivar o traço cristão de um bondoso interesse, uma disposição sociável para com aqueles que se encontram em mais necessidade, embora não sejam os companheiros de sua preferência. Em todo tempo e lugar, Jesus manifestava amorável interesse pela humanidade, irradiando em torno de Si a luz da piedade animosa. Ensinem-se os alunos a Lhe seguirem os passos. A mostrarem interesse cristão, simpatia e amor por seus jovens companheiros, e buscar atraí-los para Jesus; qual fonte de água que salta para a vida eterna, deve Cristo estar no coração deles, refrigerando a todos com quem chegarem em contato. CE 159 1 É este pronto e amorável ministério pelos outros em tempos de necessidade, que é considerado precioso aos olhos de Deus. Assim, mesmo enquanto cursam a escola, podem os alunos, uma vez que sejam fiéis a sua profissão de fé, ser missionários vivos de Deus. Tudo isto requer tempo; mas o tempo assim empregado é empregado proveitosamente, pois dessa forma está o aluno aprendendo a maneira de apresentar o cristianismo ao mundo. CE 159 2 Cristo não Se recusava a associar-Se aos outros em amistoso intercâmbio. Quando convidado a uma festa por um fariseu ou publicano, aceitava o convite. Nessas ocasiões, toda palavra por Ele emitida era um cheiro de vida para vida a Seus ouvintes; pois tornava a hora da refeição ocasião de comunicar muitas lições preciosas adequadas à necessidade deles. Assim ensinava Cristo a Seus discípulos a maneira de se conduzirem quando em companhia dos não religiosos, da mesma maneira que ao estar com os que o eram. Pelo próprio exemplo ensinava-lhes que, ao assistirem a qualquer reunião pública, sua conversação não precisava ser do caráter daquela a que geralmente se entregavam as pessoas em tais ocasiões. CE 159 3 Quando os alunos se sentam à mesa, uma vez que Cristo lhes habite na alma, do tesouro do coração brotarão palavras puras e de molde a elevar; caso Ele aí não Se encontre, acharão prazer na frivolidade, em gracejos e chocarrices, o que constitui entrave ao desenvolvimento espiritual e será causa de desgosto aos anjos de Deus. A língua é um membro irrefreado, mas assim não deve ser. Precisa converter-se; pois o talento da linguagem é um talento deveras precioso. Cristo sempre está pronto a doar Suas riquezas, e devemos juntar as jóias que dEle provêm a fim de que, ao falarmos, essas jóias nos possam cair dos lábios. CE 160 1 O temperamento, as peculiaridades individuais, os hábitos de que se desenvolve o caráter -- tudo quanto é praticado no lar, revelar-se-á em todos os intercâmbios da vida As inclinações seguidas, manifestar-se-ão em pensamentos, palavras e ações da mesma natureza. Se todos os alunos que compõem a família escolar fizessem um esforço para refrear toda palavra descortês ou desagradável, falando a todos de maneira respeitosa; se conservassem em mente que se estão preparando para tornar-se membros da família celeste; se sua influência fosse como que guardada por fiéis sentinelas para que não se exercesse no sentido de afastar de Cristo; se se esforçassem para que todo ato de sua vida manifestasse os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, que influência reformadora sairia de cada internato! Exercícios religiosos CE 160 2 De todos os aspectos da educação a ser dada em nossos internatos são os exercícios religiosos os mais importantes. Cumpre tratá-los com a máxima solenidade e reverência, ao mesmo tempo que se lhes deve comunicar toda a aprazividade possível. Não devemos prolongá-los de maneira a torná-los enfadonhos, pois a impressão assim causada na mente dos jovens fará com que associem a religião com tudo quanto é árido e desinteressante; e muitos serão levados a pôr sua influência do lado do inimigo, ao passo que, se fossem devidamente ensinados, tornar-se-iam uma bênção ao mundo e à igreja As reuniões de sábado, os serviços matutinos e vespertinos no lar e na capela, a menos que sejam bem orientados e tenham a vivificação do Espírito de Deus, podem-se tornar por demais formais, desinteressantes e sem atrativo, sendo para a mocidade os mais tediosos dos exercícios escolares. As reuniões de oração e todos os demais cultos religiosos, devem ser planejados e dirigidos de maneira que, não somente sejam proveitosos, mas tão agradáveis que exerçam positiva atração. O orar juntos, ligará os corações a Deus em laços perduráveis; o confessar a Cristo franca e valorosamente, manifestar em nosso caráter Sua mansidão, humildade e amor, fará com que outros fiquem encantados com a beleza da santidade. CE 161 1 Em todas essas ocasiões Cristo deve ser apresentado como o primeiro "entre dez mil", Aquele que é "totalmente desejável". Cantares 5:10, 16. Seja Ele destacado como a Fonte de todo verdadeiro prazer e satisfação, o Doador de toda dádiva perfeita, o Autor de toda bênção, Aquele em quem se concentram todas as nossas esperanças de vida eterna. Em todo exercício religioso, apareçam em sua real beleza o amor de Deus e a alegria da vida cristã. Apresentai o Salvador como o restaurador de todo efeito do pecado. CE 161 2 Para chegar a esse resultado, é preciso evitar toda estreiteza. É necessária uma devoção sincera, fervorosa, do íntimo do coração. Será essencial nos professores a piedade ativa e ardente. Mas haverá poder para nós, se a possuirmos. Haverá graça, se a apreciarmos. O Espírito Santo aguarda nossa solicitação, uma vez que a façamos com intensidade de propósito proporcional ao valor do objeto que buscamos. Os anjos do Céu estão tomando nota de toda a nossa obra, e procuram ver como poderão ministrar a cada um de maneira que ele reflita a semelhança de Cristo no caráter, e se transforme à imagem divina. Quando os que se acham à testa de nossos internatos apreciarem as oportunidades e privilégios postos ao seu alcance, realizarão para Deus uma obra aprovada pelo Céu. ------------------------Capítulo 18 -- A reforma industrial CE 162 1 Em virtude de surgirem dificuldades, não devemos abandonar as indústrias de que temos lançado mão como parte da obra educativa. Enquanto cursam a escola, os moços devem ter ensejo de aprender a usar as ferramentas. Sob a direção de obreiros experimentados, carpinteiros aptos para ensinar, pacientes e bondosos, os próprios alunos devem erigir os prédios do terreno da escola, e fazer os necessários melhoramentos, aprendendo assim, mediante lições práticas, a construir economicamente. Os alunos também devem exercitar-se em manejar todas as espécies de obra relacionadas com a tipografia, como sejam composição, impressão e encadernação, juntamente com fazer tendas e outros ramos de trabalho útil. Devem-se plantar frutas miúdas, cultivar verduras e flores, e isto, as alunas devem ser chamadas para o ar livre, a fazer. Assim, ao mesmo tempo que exercitam o cérebro, os músculos e ossos, adquirem conhecimentos da vida prática. CE 162 2 O preparo em todos esses pontos tornará nossos jovens úteis no levar a verdade aos campos estrangeiros. Não terão aí que depender do povo entre o qual vão viver, para cozinhar e semear e construir para eles, nem será necessário gastar dinheiro para transportar homens de milhares de quilômetros para planejarem edifícios escolares, casas de culto e habitações. Os missionários gozarão de muito mais influência entre o povo, uma vez que sejam capazes de ensinar os inexperientes a trabalhar de acordo com os melhores métodos e a produzir os melhores resultados. Serão assim aptos a demonstrar que os missionários se podem tornar educadores industriosos, e essa espécie de instrução será apreciada especialmente onde escasseiam os recursos. Será necessário muito menor capital para sustentar esses missionários, pois, a par de seus estudos, exercitaram da melhor maneira possível capacidade física em trabalho prático; e onde quer que eles vão, tudo quanto obtiveram nesse sentido, lhes proporcionará vantagens. Seja proporcionada aos alunos dos departamentos industriais, quer se empreguem em trabalho doméstico, quer no cultivo do solo, quer em outros labores, a oportunidade de contarem as lições práticas e espirituais que aprenderam em relação com o seu trabalho. Em todos os deveres práticos da vida, devem-se fazer comparações com os ensinos da Natureza e da Bíblia. Vantagens da situação no campo CE 163 1 Os motivos que nos têm levado, em alguns lugares, a nos desviar das cidades e localizar nossas escolas no campo, aplicam-se da mesma maneira a escolas em outros lugares. Gastar dinheiro em mais construções quando a escola grandemente endividada, não está de acordo com os planos de Deus. Houvesse o dinheiro que nossas escolas maiores empregaram em prédios dispendiosos sido aplicado em terrenos onde nossos estudantes pudessem receber a educação apropriada, não haveria tão grande número de alunos agora lutando sob o peso de débito crescente, e a obra dessas instituições estaria em mais prósperas condições. Houvesse sido seguida essa direção, e teria havido algumas murmurações por parte dos alunos, suscitar-se-iam muitas objeções da parte dos pais; mas os estudantes teriam assegurado uma educação completa, a qual os haveria preparado, não somente para o trabalho prático em vários ofícios, mas para um lugar na fazenda do Senhor na terra renovada. CE 163 2 Houvessem nossas escolas estimulado o trabalho no sentido agrícola, e teriam agora aspecto inteiramente diverso. Não haveria tão grande desânimo. Haver-se-iam vencido as influências contrárias; ter-se-iam mudado as condições financeiras. Ter-se-ia, quanto aos estudantes, uniformizado o trabalho; e como todo o maquinismo humano seria proporcionalmente exercitado, desenvolver-se-ia maior resistência física e mental. Mas as instruções que ao Senhor aprouve dar foram tão frouxamente aplicadas, que os obstáculos não têm sido vencidos. CE 164 1 É covardia avançar tão lenta e incertamente no ramo do trabalho -- aquele ramo que comunicará a melhor espécie de educação. Olhai à Natureza. Há dentro de seus vastos limites espaço para se estabelecerem escolas onde se possam desbravar terrenos e cultivar a terra. Este trabalho é essencial à educação mais favorável ao progresso espiritual; pois a voz da Natureza é a voz de Cristo, ensinando-nos inúmeras lições de amor e poder, submissão e perseverança. Alguns não apreciam o valor do trabalho agrícola Não devem ser pessoas assim que planejem para nossas escolas, pois impedirão que tudo se desenvolva nas devidas direções. Sua influência passada tem sido prejudicial. CE 164 2 Caso a terra seja cultivada, há de, com a bênção de Deus, suprir nossas necessidades. Não nos devemos desanimar por causa de coisas temporais, por causa de aparentes fracassos, nem ficar desalentados pela demora Cumpre-nos lavrar animosamente o solo, com esperança e gratidão, crendo que a terra contém em seu seio fartos depósitos para o trabalhador fiel enceleirar -- depósitos mais preciosos do que a prata e o ouro. A escassez que lhe é atribuída é um falso testemunho. Com o cultivo apropriado, inteligente, a terra dará seus tesouros para benefício do homem. As montanhas e os montes estão mudando; a terra está envelhecendo como um vestido; mas a bênção de Deus, que estende uma mesa para Seu povo no deserto, nunca faltará. CE 164 3 Acham-se perante nós tempos sérios, e grande é a necessidade de famílias saírem das cidades para o campo, a fim de que a verdade seja levada pelos valados assim como pelos caminhos principais da Terra Muito depende de fazermos nossos planos segundo a Palavra do Senhor, levando-os a efeito com perseverante energia. Depende mais de consagrada atividade e perseverança do que de inteligência e do saber adquirido nos livros. Todos os talentos e aptidões concedidos aos instrumentos humanos, uma vez que não sejam usados, de pouco valor são. CE 165 1 A volta a métodos mais simples, será apreciada pelas crianças e os jovens. O trabalho no jardim e no campo, será aprazível mudança da fatigante rotina das lições abstratas a que nunca se deveria limitar sua mente juvenil. Para a criança nervosa, que acha as lições dos livros exaustivas e difíceis de lembrar, será isso de especial valor. Há saúde e satisfação para ela no estudo da Natureza; e as impressões causadas não se lhe apagarão da memória, pois se acharão associadas a objetos que estão continuamente diante de seus olhos. CE 165 2 Trabalhar na terra é uma das melhores espécies de ocupação, chamando à ação os músculos e repousando a mente. O estudo no ramo da agricultura deve ser o ABC da educação dada em nossas escolas. Esse deve ser justo o primeiro trabalho a iniciar. Nossas escolas não devem depender de produtos importados quanto a verduras e cereais, e às frutas tão essenciais à saúde. Nossos jovens precisam ser instruídos acerca de derrubar árvores e de cultivar o solo, da mesma maneira que nos ramos literários. Devem ser indicados vários professores para superintender certo número de alunos em seu trabalho, e trabalhar com eles. Assim os próprios mestres aprenderão a desempenhar-se de responsabilidades como portadores de encargos. Por esta forma, alunos aptos devem também ser preparados para se desempenhar de responsabilidades, e colaborar com os mestres. Todos se devem aconselhar juntamente quanto aos melhores métodos de levar avante a obra. CE 165 3 O tempo é agora demasiado curto para que se realize aquilo que podia ter sido feito em gerações passadas. Mesmo nestes últimos dias, porém, podemos fazer muito para corrigir os males existentes na educação da juventude. E por que o tempo é curto, devemos manter o fervor e trabalhar com zelo para dar aos jovens uma educação coerente com sua fé. Somos reformadores. Desejamos que nossos filhos estudem com o máximo de proveito. Para isto, deve-se-lhes dar ocupação que convoquem os músculos para exercício. Diariamente, o trabalho sistemático deve constituir parte da educação dos jovens mesmo neste período tardio. Muito pode ganhar-se agora deste modo. Ao seguirem este plano, os estudantes ganharão elasticidade de espírito e vigor de pensamento, e num dado período podem realizar mais trabalho mental do que o conseguiriam só pelo estudo. E assim poderão deixar a escola com o físico incontaminado e com força e coragem para perseverar em qualquer posição em que a providência de Deus os coloque. CE 166 1 O exercício que ensina a mão a ser útil e prepara o cérebro do jovem para fazer sua parte nos encargos da vida, dá força física e desenvolve todas as faculdades. Todos devem encontrar alguma coisa para fazer que lhes seja benéfica a eles próprios e útil aos outros. Deus indicou o trabalho como uma bênção, e unicamente o diligente obreiro encontra a verdadeira satisfação e alegria da vida. CE 166 2 O cérebro e os músculos devem ser proporcionalmente exercitados, se se quer manter a saúde e o vigor. A juventude pode, então, pôr no estudo da Palavra de Deus saudável percepção e nervos bem equilibrados. Terão pensamentos sãos, e poderão reter as coisas preciosas tiradas da Palavra. Digerir-lhe-ão as verdades e, em resultado, terão energia mental para discernir o que seja a verdade. Depois, segundo o exigir a ocasião, podem dar a todo homem que lhes pedir, a razão da esperança que neles há, com mansidão e temor. ------------------------Capítulo 19 -- A fazenda da escola de Avondale CE 167 1 Há, com relação à disposição e ao uso das terras próximas a nossa escola e igreja, algumas coisas que me foram mostradas, e que fui instruída a apresentar-vos. Até há pouco, não me sentia livre para falar a esse respeito, e mesmo agora não me sinto na liberdade de revelar tudo, pois nosso povo ainda não está preparado para compreender tudo quanto, na providência de Deus, se desenvolverá em Avondale. CE 167 2 Nas visões da noite, foram-me claramente apresentadas algumas coisas. Havia pessoas escolhendo lotes de terra perto da escola, nos quais pretendiam construir casas e estabelecer residências. Ergueu-Se, todavia, Alguém em nosso meio, o qual disse: "Estais cometendo um grande erro, o qual tereis de deplorar. Esta terra não deve ser ocupada por edifícios, a não ser para proporcionar acomodações para os professores e alunos da escola. A terra ao redor da escola é para ser reservada como fazenda da mesma escola. Ela se deve tornar uma parábola viva para os alunos. Estes não devem considerar as terras da escola como coisa comum, mas olhá-la como um compêndio aberto diante deles e que o Senhor quer que estudem. Suas lições comunicarão conhecimento na cultura da alma. CE 167 3 "Caso permitais que a terra próxima à escola seja ocupada com casas particulares, e sejais depois compelidos a escolher para cultivo outra terra distante da escola, será grande erro, e desses que serão sempre lamentados. Toda a terra nos arredores do edifício escolar deve ser considerada como fazenda da escola, onde os alunos podem ser educados sob a direção de habilitados superintendentes. Os jovens que hão de cursar nossas escolas necessitam de toda a terra ao redor. Devem plantá-la de árvores ornamentais e de frutas, e cultivar hortaliças. CE 167 4 "A fazenda da escola deve ser considerada um compêndio da Natureza, do qual os professores tirarão suas lições objetivas. Cumpre ensinar aos nossos estudantes que Cristo, Criador do mundo e de tudo o que nele há, é a vida e a luz de toda criatura vivente. A vida de toda criança e jovem dispostos a apoderar-se das oportunidades de receber a devida educação, tornar-se-á reconhecida e feliz por aquilo em que seus olhos pousam enquanto se acha na escola" A obra diante de nós CE 168 1 Necessitamos de mais professores e mais talento para educar os alunos nos vários ramos de atividade, para que muitas pessoas saiam deste lugar aptas e dispostas a levar a outros o conhecimento que receberam. Rapazes e moças órfãos, devem encontrar aí um lar. Devem-se erigir edifícios para um hospital, e prover barcos para equipar a escola. Deve empregar-se para gerir a fazenda uma pessoa competente, e também homens prudentes e enérgicos para superintendentes dos vários empreendimentos industriais; homens que empreguem seus talentos inteiramente em ensinar os alunos a trabalhar. CE 168 2 Virão à escola muitos jovens com o desejo de obter preparo no sentido industrial. A instrução nesse ramo deve incluir escrituração mercantil, carpintaria, e tudo quanto diz respeito à agricultura. Devem-se fazer também preparativos para ensinar ferraria, pintura, arte culinária, fazer sapatos, padaria, lavanderia, consertos de roupa, datilografia e impressão. Toda energia de que dispusermos deve ser posta nessa obra de preparo, a fim de que saiam alunos preparados para os deveres da vida prática. CE 168 3 As casas e edifícios essenciais ao trabalho escolar devem ser erigidos pelos próprios alunos. Essas construções não devem ser feitas muito juntas, nem situadas próximo dos edifícios escolares propriamente ditos. Na execução dessa obra devem-se formar pequenos grupos que, sob a direção de competentes líderes, sejam ensinados a experimentar um perfeito senso de responsabilidade. Todas essas coisas não podem ser realizadas de uma vez; mas devemos começar a trabalhar com fé. A terra a ser reservada CE 169 1 É desejo do Senhor que os terrenos em volta da escola Lhe sejam consagrados como Sua própria sala de aulas. Achamo-nos situados em lugar onde há bastante terra, e os terrenos próximos à escola e à igreja não devem ser ocupados com residências particulares. Os que crêem na verdade para este tempo não se acham todos transformados no caráter. Não constituem todos lições práticas, apropriadas, pois não apresentam o caráter de Cristo. Muitos há que gostariam de ficar perto da escola e da igreja, os quais não seriam auxílio, antes entraves. Acham que devem ser ajudados e favorecidos. Não apreciam nem a espécie nem a situação da obra em que nos achamos empenhados. Não compreendem que tudo quanto tem sido feito em Avondale tem sido efetuado com o mais árduo labor e mediante o dinheiro dado com sacrifício, ou que deve ser restituído àqueles de quem foi tomado emprestado. CE 169 2 Entre os que desejam instalar-se perto de nossas escolas, há alguns cheios de importância própria e de ansiedade quanto à própria reputação. São susceptíveis e facciosos. Essas pessoas precisam converter-se, pois se acham longe de estar em condições de poder receber as bênçãos do Senhor. Satanás os tenta a pedirem favores que, se concedidos, só os prejudicariam, e assim eles causam ansiedade a seus irmãos. Os princípios vivos da Palavra de Deus precisam ser introduzidos na vida de muitos que agora não acham lugar para eles. Os que estão aprendendo na escola de Cristo reputarão todo favor recebido de Deus como demasiado bom para eles. Compreenderão que não merecem todas as boas coisas que recebem, e considerar-se-ão felizes. Sua fisionomia exprimirá paz e serenidade no Senhor, pois têm a promessa de Deus, de que cuidará deles. CE 170 1 "Assim diz o Senhor: O Céu é o Meu trono, e a Terra o escabelo dos Meus pés; que casa Me edificareis vós? e que lugar seria o do Meu descanso? Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o Senhor; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." Isaías 66:1, 2. Durante os dias finais de 1898, tivemos muitas experiências a nos ensinarem o que significavam essas palavras. Meu coração se achava grandemente opresso, e as questões me foram então expostas quanto aos males que surgiriam em conseqüência da venda das terras em torno da escola para serem ocupadas por casas de moradia. Parecia como se estivéssemos em uma reunião de conselho, e entre nós Se achava Alguém de quem se esperava que nos ajudasse a sair das dificuldades. As palavras que Ele proferiu foram claras e decisivas: CE 170 2 "Esta terra, por indicação de Deus, é para benefício da escola. Tendes tido provas da operação da natureza humana e do que ela manifesta sob a tentação. Quanto maior o número de famílias que se estabeleçam ao redor dos edifícios escolares, tanto mais dificuldades haverá no caminho dos professores e alunos. O egoísmo natural aos filhos dos homens está pronto a se revelar na vida, se tudo não estiver de acordo com suas conveniências. A terra anexa à escola, deve servir de fazenda para a mesma, e esta deve ocupar muito mais espaço do que tendes pensado. Deve fazer-se aí uma obra em harmonia com os conselhos dados. Avondale deve ser um centro filantrópico. O povo de Deus na Austrália será movido pelo Espírito do Senhor a dar simpatia e meios para a manutenção e estímulo de muitos empreendimentos caritativos e beneficentes, que serão o meio de ensinar os pobres, os desamparados e os ignorantes a se ajudarem a si mesmos." Um panorama CE 171 1 Têm-me sido enviados em várias ocasiões esclarecimentos quanto a deverem ser as terras ao redor de nossa escola usadas como fazenda do Senhor. Em sentido especial, porções dessa fazenda devem ser grandemente cultivadas. Vi estender-se diante de mim terreno plantado de toda espécie de árvores frutíferas, que produzirão frutos nesta localidade; havia também hortas em que se semeavam e cultivavam sementes. CE 171 2 Caso os gerentes dessa fazenda e os professores da escola recebam o Espírito Santo para operar com eles, terão sabedoria em sua direção, e Deus lhes abençoará o labor. O cuidado das árvores, o plantar e semear, bem como a colheita, hão de ser admiráveis lições para todos os estudantes. Os invisíveis laços que ligam a semeadura e a colheita, devem ser estudados, e seja a bondade de Deus acentuada e apreciada. É o Senhor que dá o poder e a energia à terra e à semente. Não fosse o agente divino aliado ao tato e habilidade humanos, e seria inútil semear. Há um poder invisível a operar constantemente em benefício do homem a fim de o alimentar e vestir. A parábola da semente, tal como se estuda na experiência diária do professor e do aluno, deve ensinar que Deus está operando em a Natureza, e deve tornar claras as coisas do reino do Céu. Deus e a natureza CE 171 3 Depois da Bíblia, a Natureza deve ser o nosso maior livro de texto. Não há virtude, porém, em deificar a Natureza, pois isto seria exaltar a coisa feita acima do grande Construtor Mestre que planejou a obra e a mantém em atividade todo o tempo segundo o Seu desígnio. Ao semearmos a semente e cultivarmos a planta, devemos lembrar-nos de que Deus criou a semente e a destinou à terra Por Seu divino poder ele cuida desta semente. É por determinação Sua que a semente ao morrer dá sua vida à erva e à espiga que contém em si outras sementes que serão armazenadas e de novo lançadas à terra para dar a sua messe. Podemos também estudar como a cooperação do homem desempenha uma parte. O instrumento humano tem sua parte a desempenhar, sua obra a fazer. Esta é uma das lições que a Natureza ensina, e nela temos de ver uma obra bela e solene. CE 172 1 Fala-se muito a respeito de Deus na Natureza, como se o Senhor estivesse obrigado por leis da Natureza a ser servo desta. Muitas teorias levariam a mente a supor que a Natureza é um instrumento auto-sustentado independentemente da Divindade, tendo o seu poder inerente com que operar. Nisto os homens não sabem de que estão falando. Supõem eles que a Natureza tem um poder auto-existente sem a contínua assistência de Jeová? O Senhor não age por meio de Suas leis para ultrapassar as leis da Natureza. Ele realiza a Sua obra por meio das leis e atributos de Seus instrumentos, e a Natureza obedece a um "Assim diz o Senhor". CE 172 2 O Deus da Natureza está perpetuamente em trabalho. Seu infinito poder opera de modo invisível, mas as manifestações aparecem nos efeitos que a obra produz. O mesmo Deus que guia os planetas opera no plantio do fruto e na horta de vegetais. Jamais Ele criou um espinho, um cardo, uma erva daninha. Estes são obras de Satanás, resultado de degeneração, por ele introduzidas entre as coisas preciosas; mas é por meio da imediata instrumentalidade de Deus que cada botão se abre em flor. Quando esteve no mundo na forma de humanidade, Cristo disse: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também." João 5:17. Assim quando os estudantes empregam o seu tempo em atividade agrícola, deles é dito no Céu: São "coobreiros de Deus". 1 Coríntios 3:9. CE 173 1 Sejam conservadas as terras que estão perto da escola e da igreja. Os que vêm para se estabelecer em Cooranbong podem, se desejarem, encontrar para si lares nas proximidades ou em partes da propriedade de Avondale. Mas segundo a luz que me é dada, toda essa parte de terra, desde o pomar da escola até a estrada de Maitland, e estendendo-se de ambos os lados da capela para a escola, deve tornar-se chácara e parque, embelezados com flores fragrantes e árvores ornamentais. Deve haver pomares, e cultivar-se toda espécie de produtos que se adapte ao solo, de modo que este lugar se torne uma lição objetiva tanto para os que vivem perto como para os que vivem longe. CE 173 2 Seja portanto mantido à distância tudo que não é essencial para o trabalho da escola, de modo que a santidade do lugar não seja perturbada pela proximidade de famílias e edificações. Permaneça a escola isolada. Será melhor que as famílias por mais devotadas que sejam ao serviço do Senhor se localizem a alguma distância dos prédios escolares. A escola é propriedade do Senhor, e os terrenos ao redor são Sua fazenda, da qual o Grande Semeador pode fazer um livro de estudo. Os resultados dos labores serão vistos "primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga". Marcos 4:28. A terra entregará os seus recursos, trazendo o gozo de abundante colheita; e o produto reunido pela bênção de Deus deve ser usado como livro de texto da Natureza, do qual se podem tirar lições espirituais claras e aplicáveis às necessidades da alma. Uma lição objetiva CE 174 1 Há diante de nós grandes coisas que, como vemos, devem ser feitas; e tão depressa quanto os meios obtidos o permitam, devemos ir adiante. Paciente e dedicado esforço deve ser feito para o estímulo e elevação das comunidades circunvizinhas, e para sua educação nos setores industriais e de saúde. A escola e todos os seus arredores devem ser lições objetivas que ensinem os caminhos do progresso e apelem ao povo por reformas, de modo que o gosto, a diligência, o refinamento, possam tomar o lugar do que é grosseiro, impuro, da desordem, da ignorância e do pecado. Até mesmo os mais pobres podem melhorar o ambiente ao seu redor levantando-se cedo e trabalhando diligentemente. Mediante nossa vida e exemplo podemos ajudar outros a discernir o que há de repulsivo em seu caráter e em torno de suas propriedades, e com cortesia cristã podemos estimular a melhoria. CE 174 2 Muitas vezes levantar-se-á a pergunta: Que se pode fazer onde predomina a pobreza e com ela se depara a cada passo? Sob tais circunstâncias como podemos imprimir nos espíritos idéias corretas de progresso? A obra é sem dúvida difícil; e a menos que os professores, os homens de pensamento, e aqueles que têm recursos ponham em movimento os seus talentos, e se levantem como Cristo faria se estivesse em lugar deles, uma importante obra ficará inacabada. A necessária reforma jamais será feita, a menos que homens e mulheres sejam ajudados por um poder de fora deles mesmos. Os que têm talentos e habilidade devem usar esses dons para beneficiar os seus semelhantes, esforçando-se por colocá-los numa posição em que possam ajudar-se a si mesmos. Assim é como a educação obtida em nossas escolas deve ser utilizada com o máximo proveito. CE 174 3 Os talentos confiados por Deus não devem ser escondidos debaixo do alqueire ou sob a cama. "Vós sois a luz do mundo", disse Cristo. Mateus 5:14. Ao virdes famílias vivendo em galpões, com escassez de mobiliário e de roupas, sem utensílios, ou livros, e outros indícios de refinamento em seus lares, não vos mostraríeis interessados neles, e não procuraríeis ensinar-lhes como usar suas energias com o máximo rendimento, de modo que haja progresso e seu trabalho avance? É mediante diligente trabalho, fazendo-se o mais sábio uso de toda habilidade, aprendendo a não desperdiçar o tempo, que serão bem-sucedidos em melhorar suas propriedades e cultivar sua terra. CE 175 1 Esforço físico e faculdades morais devem estar unidos em nossas tentativas de regeneração e reforma. Devemos procurar obter conhecimento tanto nos aspectos temporais como espirituais, para que possamos comunicá-lo a outros. Devemos procurar viver o evangelho em todos os seus ângulos, de modo que suas bênçãos temporais e espirituais possam ser experimentadas por todos em torno de nós. Trabalho missionário, a mais elevada disciplina CE 175 2 O Senhor abençoará com certeza a todos os que procuram beneficiar a outros. A escola deve ser de tal modo dirigida que professores e alunos estejam de contínuo aumentando em poder mediante o fiel uso dos talentos que lhes foram concedidos. Pondo em prática o que aprenderam, aumentarão constantemente em sabedoria e conhecimento. Devemos aprender no Livro dos livros os princípios segundo os quais devemos viver e trabalhar. Ao consagrar todas as habilidades que Deus nos deu, Àquele que tem o primeiro direito a elas, podemos fazer apreciável progresso em tudo que seja digno de nossa atenção. CE 175 3 Quando abraçado com este espírito, o trabalho missionário torna-se enobrecedor e inspirador, tanto para o obreiro como para a pessoa ajudada. Busque representar constantemente os princípios do reino de Deus todo aquele que se declara filho do Rei celestial. Lembre-se de que no espírito, em palavras e em obras ele deve ser fiel e leal a todos os preceitos e mandamentos do Senhor. Devemos ser fiéis súditos do reino de Cristo, dignos de confiança, para que os que são mundanos possam ter uma fiel imagem das riquezas, da bondade, misericórdia, compaixão e cortesia dos cidadãos do reino de Deus. CE 176 1 Os estudantes que obterão o máximo bem da vida são os que viverem a Palavra de Deus em suas relações e trato com seus semelhantes. Os que recebem para dar, experimentarão a maior alegria nesta vida Aqueles membros da família humana que vivem para si mesmos estão sempre em carência, pois jamais ficam satisfeitos. Não existe cristianismo algum em cercar de simpatia nosso próprio coração egoísta. O Senhor indicou os condutos pelos quais deixa fluir Sua bondade, misericórdia e verdade; e devemos ser coobreiros de Cristo em comunicar a outros sabedoria prática e benevolência Devemos levar-lhes à vida alegria e bênção, fazendo deste modo um bom e santo trabalho. CE 176 2 Se a escola de Avondale tornar-se um dia o que o Senhor está procurando que seja, o esforço missionário dos professores e estudantes dará fruto. Tanto na escola como fora, súditos bem dispostos serão levados à obediência a Deus. A rebelião que teve lugar no Céu sob a força de uma mentira, e o engano que levou Adão e Eva a desobedecerem a lei de Deus, abriram as comportas dos ais sobre o mundo; mas todos os que crerem em Cristo poderão tornar-se filhos e filhas de Deus. Mediante o poder da verdade podem ser restaurados, e o homem caído pode tornar-se leal a seu Criador. A verdade, peculiar em seu operante poder, é adaptada à mente e coração de pecadores extraviados. Por meio de sua influência a ovelha perdida pode ser reconduzida ao aprisco. CE 176 3 Sejam quais forem a posição ou posses de alguém que tenha o conhecimento da verdade, a Palavra de Deus ensina-lhe que tudo quanto tem lhe é entregue como depósito, em confiança. É-lhe fornecido para provar o seu caráter. Seus negócios seculares, seus talentos, renda, oportunidades, tudo deve ser atribuído Àquele a quem ele pertence tanto pela criação como pela redenção. Quando ele usa cada precioso talento em promover a divina e grande obra da educação, quando se esforça em obter o mais completo conhecimento de como ser útil, de como trabalhar pela salvação das almas prestes a perecer, as bênçãos de Deus seguramente acompanharão os seus esforços. Deus nos concede os Seus dons para que possamos servir a outros, tornando-nos assim semelhantes a Ele. Os que recebem os Seus dons para que possam reparti-los com outros, tornam-se semelhantes a Cristo. É em ajudar e erguer a outros que nos tornamos enobrecidos e purificados. Esta é a obra que faz a glória refluir para Deus. Precisamos tornar-nos entendidos nestes pontos. Nossa alma precisa ser purificada de todo egoísmo, pois Deus deseja usar o Seu povo como representante do reino celestial. CE 177 1 Nossas escolas precisam ser dirigidas sob a supervisão de Deus. Há uma obra a ser feita em favor de moços e moças, e que não foi ainda completada Há um número muito maior de jovens que necessitam das vantagens de nossas escolas de preparo. Eles precisam do curso de preparo manual, que lhes ensinará como levar uma vida ativa, energizante. Toda espécie de trabalho deve estar associada com nossas escolas. Sob a direção de homens sábios, judiciosos, tementes a Deus, devem os estudantes ser ensinados. Cada ramo da obra deve ser dirigido do modo mais completo e sistemático que a longa experiência e a sabedoria nos capacitem a planejar e executar. CE 177 2 Despertem os professores para a importância deste assunto e ensinem agricultura e outras atividades que sejam necessárias à compreensão dos estudantes. Procure cada departamento de trabalho alcançar os melhores resultados. CE 178 1 Seja a ciência da Palavra de Deus introduzida no trabalho, para que os estudantes possam compreender princípios corretos e possam alcançar a mais elevada norma possível. Exercitai as habilidades que Deus vos deu, e aplicai todas as vossas energias no desenvolvimento da fazenda do Senhor. Estudai e trabalhai, para que os melhores resultados e o máximo de rendimento advenham da semeadura, de modo que haja abundante suprimento de alimentos, tanto temporal como espiritual, para que o crescente número de estudantes que serão reunidos sejam treinados como obreiros cristãos. CE 178 2 Temos visto gigantescas árvores caídas e desarraigadas; temos visto o arado sulcando a terra, abrindo profundas valas para o plantio de árvores e a semeadura do grão. Os estudantes estão aprendendo o que significa arar, e que a enxada e a pá, o ancinho e a grade, são todos implementos de honrosa e proveitosa indústria. Cometer-se-ão erros muitas vezes, mas todo erro está próximo da verdade. A sabedoria será adquirida mediante fracassos, e a energia que se aplica no começo dá esperança de sucesso no fim. A hesitação retardará as coisas, e o mesmo fará a precipitação; mas tudo servirá como lições se o instrumento humano o desejar. CE 178 3 A idéia de que o trabalho é degradante tem levado milhares para a sepultura. Os que realizam somente trabalho manual freqüentemente trabalham em excesso, enquanto os que trabalham com o cérebro sofrem por falta de saudável vigor que o trabalho físico proporciona. Se os intelectuais partilhassem o fardo da classe trabalhadora a ponto de ficarem os músculos fortalecidos, os trabalhadores poderiam dedicar parte de seu tempo à cultura mental e moral. Os que se dedicam a hábitos sedentários e literários deviam fazer exercícios físicos. A saúde deve ser suficiente incentivo para levá-los a unir o trabalho físico com o mental. ------------------------Capítulo 20 -- Escolas de igrejas CE 179 1 A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades tornaram-se como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que freqüentam as escolas públicas associam-se muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação da rua. O coração dos pequenos é facilmente impressionado; e a menos que seu ambiente seja da devida espécie, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se dêem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e a alma de seus pequenos é corrompida. CE 179 2 As igrejas protestantes aceitaram o sábado espúrio, o filho do papado, e exaltaram-no acima do santo e santificado dia de Deus. Cumpre-nos tornar claro a nossos filhos que o primeiro dia da semana não é o verdadeiro sábado e que sua observância, depois de nos haver sido enviada a luz quanto ao dia verdadeiro de descanso, está em plena contradição com a lei de Deus. Acaso recebem nossas crianças dos professores da escola pública idéias em harmonia com a Palavra de Deus? É o pecado apresentado como uma ofensa contra o Senhor? É a desobediência a todos os Seus mandamentos ensinada como sendo o princípio de toda a sabedoria? Mandamos nossos filhos à Escola Sabatina para que sejam instruídos acerca da verdade, e depois, ao irem eles à escola diária, são-lhes ministradas lições cheias de falsidade. Tais coisas confundem a mente, e não devia ser assim; pois se os jovens recebem idéias que pervertem a verdade, como será neutralizada a influência dessas instruções? CE 180 1 Podemos nos admirar de que, sob tais circunstâncias, alguns de nossos jovens não apreciem as vantagens religiosas? Podemos admirar que sejam arrastados à tentação? É de admirar que, negligenciados como têm sido, suas energias sejam dadas a divertimentos que não lhes fazem bem, que sejam enfraquecidas suas aspirações religiosas, e obscurecida a vida espiritual? O espírito será da mesma espécie daquilo de que ele se alimenta, a colheita da mesma natureza da semente semeada. Não mostram esses fatos suficientemente a necessidade de guardarmos desde os mais tenros anos a educação da juventude? Não seria melhor para o jovem crescer em certo grau de ignorância quanto ao que se chama comumente educação, do que se tornar descuidoso no que respeita à verdade de Deus? Separação do mundo CE 180 2 Quando os filhos de Israel foram tirados dentre os egípcios, o Senhor disse: "E Eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos; Eu sou o Senhor." "Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até amanhã. Porque o Senhor passará para ferir os egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta, e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. Portanto guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre." Êxodo 12:12, 22-24. O sangue na verga da porta simbolizava o sangue de Cristo que, unicamente, salvava da condenação o primogênito dos hebreus. Qualquer dos filhos dos hebreus que fosse encontrado em uma habitação egípcia, seria destruído. CE 181 1 Essas experiências dos israelitas foi escrita para instrução dos que haviam de viver nos últimos dias. Antes que passe o dilúvio do açoite sobre os habitantes da Terra, o Senhor chama todos quantos são deveras israelitas a que se preparem para esse acontecimento. Ele envia aos pais o grito de advertência: Recolhei vossos filhos em vossa própria casa; afastai-os dos que desrespeitam os mandamentos de Deus, que ensinam e praticam o mal. Saí o mais depressa possível das grandes cidades. Estabelecei escolas junto às igrejas. Dai a vossos filhos a Palavra de Deus como fundamento de toda a sua educação. Ela está cheia de belas lições, e se os alunos a tornam seu estudo no curso fundamental aqui embaixo, estarão preparados para o curso superior lá em cima. CE 181 2 Vem a nós a Palavra de Deus a este tempo: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. Onde estão vossos filhos? Estais vós educando-os para discernir a corrupção que pela concupiscência há no mundo, e dela escapar? Estais buscando salvar-lhes a alma, ou, pela vossa negligência, ajudando em sua destruição? As crianças negligenciadas CE 182 1 Mui pouca atenção na verdade tem sido dada a nossas crianças e jovens. Os membros mais idosos da igreja não os têm olhado com ternura e simpatia, desejando que avancem na vida religiosa, e assim as crianças têm deixado de se desenvolver na vida cristã como deviam. Alguns membros da igreja que têm tido o amor e o temor de Deus no passado, estão permitindo que os negócios se tornem absorventes, escondem sua luz debaixo do alqueire. Têm-se esquecido de servir a Deus, e estão tornando os negócios a sepultura de sua religião. CE 182 2 Deixar-se-á a juventude vaguear aqui e ali, ficar desanimada e cair em tentações que estão por toda parte à espreita para lhes enlaçar os incautos pés? A obra que mais perto jaz dos membros de nossa igreja, é interessar-se em nossos jovens, dando com bondade, paciência e ternura regra sobre regra, mandamento sobre mandamento. Oh! onde estão os pais e mães em Israel? Devia haver grande número de pessoas que, como mordomos da graça de Cristo, experimentassem, não apenas um interesse casual, mas particular, na mocidade. Devia haver muitos cujo coração fosse tocado pela lamentável situação em que se acha colocada nossa juventude, que compreendessem que Satanás está operando por todos os meios imagináveis para os arrastar a sua rede. Deus requer que Sua igreja desperte da letargia em que se encontra, e veja que espécie de serviço é exigido neste tempo de perigo. CE 182 3 Os olhos de nossos irmãos e irmãs devem ser ungidos com o colírio celeste, para que venham a discernir as necessidades dos tempos atuais. Os cordeiros do rebanho precisam ser alimentados, e o Senhor do Céu observa para ver quem está realizando a obra que Ele deseja que se faça pelas crianças e os jovens. A igreja está adormecida e não avalia a magnitude do assunto. "Ora", diz alguém, "que necessidade há de ser tão exigente para educar nossa mocidade? Parece-me que, se alguns que resolveram seguir alguma profissão literária, ou qualquer outra carreira que exija determinada matéria, são objeto de especial atenção, isto é quanto basta. Não é preciso que toda a nossa juventude seja tão bem preparada. Não satisfará a completa educação de alguns a toda exigência essencial?" CE 183 1 Não, respondo, mui decididamente não. Que escolha seríamos capazes de fazer entre nossos jovens? Como poderíamos dizer quem seria mais promissor, quem havia de prestar o melhor serviço a Deus? Em nosso juízo humano, poderíamos fazer como fez Samuel que, quando enviado a buscar o ungido do Senhor, olhou para a aparência exterior. CE 183 2 Mas o Senhor disse a Samuel: "Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado, porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração." 1 Samuel 16:7. Nenhum dos de nobre aparência, dentre os filhos de Jessé, foi aceito pelo Senhor; mas quando Davi, o filho mais novo, um simples pastor de ovelhas, foi chamado do campo e passou diante de Samuel, o Senhor disse: "Levanta-te, e unge-o, porque este mesmo é." V. 12. Quem pode decidir qual de uma família se demonstrará eficiente na obra de Deus? A todos os jovens deve ser permitido receber as bênçãos e privilégios da educação em nossas escolas, e poderão ser inspirados a tornar-se coobreiros de Deus. Necessitam-se escolas junto às igrejas CE 184 1 Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática, bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários há constante tentação a cair em inatividade espiritual. CE 184 2 Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduquem as crianças de tal maneira que as induza a se tornarem missionárias. Empreguem-se professores capazes de ministrar uma educação completa em todos os ramos comuns da vida, tornando a Bíblia o fundamento e a vida de todo o estudo. Os pais devem revestir-se da armadura, e por meio do próprio exemplo, ensinar as crianças a serem missionários. Devem trabalhar enquanto é dia, pois "a noite vem, quando ninguém pode trabalhar". João 9:4. Caso envidem abnegados esforços, ensinando perseverantemente os filhos a assumirem responsabilidades, o Senhor cooperará com eles. CE 184 3 Algumas famílias de observadores do sábado vivem isoladas ou muito separadas de outras da mesma fé. Essas têm às vezes mandado os filhos a nossos internatos, onde foram ajudados, e voltaram para ser uma bênção no próprio lar. Outros, porém, não podem mandar os filhos para longe, a fim de se educarem. Nesses casos os pais devem esforçar-se por empregar um professor exemplarmente religioso, que considere um prazer trabalhar para o Mestre em qualquer ocupação, e esteja disposto a cultivar qualquer parte da vinha do Senhor. CE 185 1 Pais e mães devem cooperar com o professor, trabalhando zelosamente para a conversão de seus filhos. Esforcem-se para manter o interesse espiritual sempre vivo, e sempre robusto no lar, criando seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Consagrem eles parte de cada dia ao estudo, e tornem-se alunos com seus filhos. Assim tornarão a hora educativa um prazer e um proveito, e se fortalecerá sua confiança nesse método de buscar a salvação dos próprios filhos. Os pais verificarão que seu próprio desenvolvimento será mais rápido à medida que eles aprenderem a trabalhar pelos filhos. Ao trabalharem assim, de maneira humilde, desaparecerá a incredulidade. A fé e a atividade comunicam certeza e satisfação que aumentam dia a dia, à medida que prosseguem em conhecer ao Senhor, e torná-Lo conhecido. Suas orações se tornarão fervorosas, pois terão algum objeto definido por que orar. CE 185 2 Em alguns países os pais são obrigados por lei a mandar os filhos à escola. Nesses países, nas localidades onde há igreja, devem-se estabelecer escolas, mesmo que não haja mais de seis crianças para freqüentá-las. Trabalhai como se o fizésseis para salvar a própria vida, para salvar os filhos de serem afogados nas influências contaminadoras e corruptoras do mundo. CE 185 3 Achamo-nos demasiado aquém de nosso dever quanto a esse importante assunto. Em muitos lugares, as escolas já deviam estar funcionando há anos. Muitas localidades teriam assim tido representantes da verdade, que teriam dado reputação à obra do Senhor. Em vez de concentrar tantos grandes edifícios em poucos lugares, dever-se-iam haver estabelecido escolas em muitas localidades. CE 185 4 Iniciem-se agora essas escolas sob direção sábia, para que a infância e a juventude sejam educadas em suas próprias igrejas. É uma séria ofensa a Deus o ter havido tão grande negligência nesse sentido, quando a Providência nos tem tão abundantemente provido de facilidades para o trabalho. Mas se bem que no passado tenhamos deixado de fazer o que poderíamos haver feito para as crianças e os jovens, arrependamo-nos agora, cuidando em redimir o tempo. Diz o Senhor: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes e ouvirdes, comereis o bem desta terra". Isaías 1:18, 19. O caráter de nossas escolas e de seus professores CE 186 1 O caráter da obra feita em nossas escolas, deve ser da mais alta ordem. Jesus Cristo, o Restaurador, é o único remédio para uma educação errônea, e as lições ensinadas em Sua Palavra devem ser sempre mantidas diante da juventude pela maneira mais atrativa A disciplina escolar deve secundar a educação doméstica, e manter-se, tanto em casa como na escola, a simplicidade e a piedade. Encontrar-se-ão homens e mulheres que têm talento para trabalhar nessas pequenas escolas, mas que o não fariam com vantagem nas escolas maiores. Ao praticarem as lições bíblicas, receberão eles próprios uma educação do mais alto valor. CE 186 2 Ao escolher professores, usemos a máxima cautela, sabendo ser uma questão tão solene, como a escolha de pessoas para o ministério. Essa escolha deve ser feita por homens sábios, aptos a discernirem caracteres, pois para educar e moldar o espírito dos jovens e desempenharem-se com êxito das muitas atividades que deverão ser desenvolvidas pelo professor de nossas escolas, necessitam-se os melhores talentos que se possam conseguir. Não se deve pôr à testa dessas escolas qualquer pessoa de uma disposição de espírito inferior ou estreita. Não se ponham as crianças a cargo de jovens e inexperientes professores, destituídos de aptidões para dirigir, pois seus esforços tenderiam para a desorganização. A ordem é a primeira lei do Céu e toda escola deve, a esse respeito, ser um modelo do Céu. CE 187 1 Confiar as crianças a professores orgulhosos e destituídos de amor, é iníquo. Um professor assim fará grande dano aos que estão em rápido desenvolvimento de caráter. Se os professores não forem submissos a Deus, se não tiverem amor pelas crianças que têm a seu cargo, ou se mostrarem parcialidade pelos que lhes agradam à fantasia e manifestarem indiferença pelos menos atrativos ou os que são desassossegados e nervosos, não devem ser empregados; pois o resultado de sua obra será perda de almas para Cristo. CE 187 2 Necessitam-se e em especial para as crianças, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. Jesus amava as crianças; considerava-as como membros mais jovens da família do Senhor. Tratava-as sempre com bondade e respeito, e os mestres devem-Lhe seguir o exemplo. Devem ter o verdadeiro espírito missionário, pois as crianças precisam ser preparadas para se tornarem missionárias. Cumpre-lhes sentir que o Senhor lhes confiou, como um solene depósito, a alma dos jovens e das crianças. CE 187 3 Nossas escolas necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sãos na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. Encontrarão nuvens em sua obra. Terão de enfrentar nuvens e escuridade, tormentas, tempestades e preconceitos por parte dos pais que nutrem incorretas idéias quanto ao caráter que seus filhos devem formar; pois há muitos que pretendem crer na Bíblia, ao passo que deixam de introduzir-lhe os princípios na vida doméstica Mas, se os professores forem constantes discípulos da escola de Cristo, essas circunstâncias jamais os vencerão. CE 188 1 Busquem os pais ao Senhor com fervor intenso, a fim de não virem a ser pedras de tropeço no caminho dos próprios filhos. Afugentem do coração a inveja e o ciúme, e deixem que a paz de Cristo aí penetre de modo a unir os membros da igreja em verdadeira fraternidade cristã. Cerrem-se as janelas da alma contra o venenoso miasma da Terra, abrindo-as em direção ao Céu, para receber os benéficos raios do Sol da justiça de Cristo. CE 188 2 Enquanto o espírito de crítica e de suspeita não for banido do coração, o Senhor não pode realizar Seu anelo para a igreja -- abrir o caminho para o estabelecimento de escolas; enquanto não houver unidade, Ele não moverá aqueles a quem confiou recursos e aptidões para o avançamento desta obra. Os pais precisam atingir mais elevada norma, observando o caminho do Senhor e praticando a justiça, de modo a serem portadores de luz. Importa que haja inteira transformação de espírito e caráter. O espírito de desunião nutrido no coração de alguns se comunicará a outros, e anulará a influência que a escola exerceria para o bem. A menos que os pais estejam prontos e ansiosos no sentido de cooperar com o professor para salvação de seus filhos, não se acham preparados para o estabelecimento de uma escola entre eles. Os resultados da obra da escola da igreja CE 188 3 Quando devidamente dirigidas, as escolas serão o meio de erguer o estandarte da verdade nos lugares em que funcionam; pois as crianças que receberem educação cristã, serão testemunhas de Cristo. Como Jesus, no templo, desvendou os mistérios que os sacerdotes e os príncipes não haviam podido penetrar, assim na história final da Terra, crianças que foram devidamente educadas hão de, em sua simplicidade, proferir palavras que surpreenderão os que agora falam em "educação superior". Como as crianças cantavam "Hosanas" no pátio do templo, e "Bendito o que vem em nome do Senhor", assim nestes últimos dias as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. Quando os seres celestes virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados. CE 189 1 Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para esta grande obra Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e, com seus jotas e tis, ajudar a levá-la avante. Suas contribuições poderão ser pequenas, mas todo pouco ajuda, e mediante seus esforços muitas almas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus, e Sua salvação a todas as nações. Preocupe-se, pois, a igreja com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. CE 189 2 Dever-se-iam haver erguido anos atrás edifícios apropriados para escolas junto às igrejas, nas quais as crianças e os jovens pudessem receber a verdadeira educação. CE 189 3 Os compêndios usados nas nossas escolas de nossas igrejas devem ser de molde a chamar a atenção para a lei de Deus. Assim a luz e a força e o poder da verdade serão engrandecidos. Unir-se-ão a essas escolas jovens do mundo, mesmo alguns cuja mente fora depravada, e aí serão convertidos. Seu testemunho em favor da verdade poderá ser impedido por algum tempo em razão das falsas teorias dos pais, mas afinal, a verdade triunfará. Fui instruída a dizer que essa espécie de obra missionária exercerá uma influência eficaz na difusão da luz e do conhecimento. CE 190 1 Quão importante é que as famílias que se estabelecem num lugar em que há uma escola sejam boas representantes de nossa santa fé! CE 190 2 As igrejas em que se acham estabelecidas escolas, bem podem tremer ao se verem depositárias de responsabilidades morais demasiado grandes para serem expressas por palavras. Há de esta obra, nobremente iniciada, falhar ou enfraquecer por falta de consagrados obreiros? Hão de os projetos e ambições egoístas achar lugar nesse empreendimento? Hão de os obreiros permitir que o amor do ganho, o amor da comodidade, a falta de piedade, excluam Cristo de seu coração e O eliminem da escola? De modo nenhum! A obra já está bastante adiantada. No ramo educativo, tudo está arranjado para uma zelosa reforma, para uma educação mais verdadeira, mais eficaz. Há de nosso povo aceitar esse santo legado? Humilhar-se-ão eles aos pés da cruz do Calvário, prontos para todo sacrifício e todo serviço também? CE 190 3 Os pais e os professores devem buscar com muita diligência aquela sabedoria que Jesus sempre está pronto a dar; pois estão lidando com mentes humanas no período mais interessante e impressionável de seu desenvolvimento. Eles devem ter em mira cultivar por tal forma as tendências da juventude que, em cada estágio de sua vida, possam apresentar a beleza natural própria daquele período, desdobrando-se gradualmente, como acontece com as plantas e flores do jardim. CE 191 1 O governo e instrução das crianças é o mais nobre trabalho missionário que qualquer homem ou mulher possa empreender. Por meio do devido emprego de objetos, tornem-se bem claras as lições, para que sua mente seja levada da Natureza para o Deus da Natureza. Precisamos ter em nossas escolas pessoas dotadas daquele tato e habilidade capazes de levar avante esse ramo de trabalho, semeando assim sementes de verdade. Unicamente o grande dia de Deus pode revelar o bem que essa obra realizará. CE 191 2 Um talento especial deve ser consagrado à educação dos pequeninos. Muitos podem colocar alto a manjedoura, e dar de comer às ovelhas, mas é bem mais difícil pô-la baixo e alimentar os cordeirinhos. Eis uma lição que os professores de nossas escolas precisam aprender. CE 191 3 Os olhos da mente necessitam ser educados, do contrário a criança encontrará prazer em contemplar o mal. CE 191 4 Os professores devem por vezes tomar parte nos jogos e brinquedos dos pequeninos, e ensiná-los a brincar. Dessa maneira eles serão capazes de controlar os sentimentos e ações desagradáveis sem parecer criticar ou achar defeitos. Esse companheirismo ligará o coração dos professores e dos alunos, e a escola será um deleite para todos. CE 191 5 Os professores devem amar as crianças, porque elas são os membros mais jovens da família do Senhor. O Senhor indagará deles, como dos pais: "Onde está o rebanho que se te deu, e as ovelhas da tua glória?" Jeremias 13:20. ------------------------Capítulo 21 -- A direção e as finanças da escola CE 192 1 Quem dera que eu pudesse manejar a língua de maneira a exprimir claramente a importância da devida direção de nossas escolas! Todos devem compreender que essas escolas são instrumentos do Senhor, instrumentos por meio dos quais Ele Se quer tornar conhecido aos homens. Necessitam-se por toda parte homens e mulheres que sirvam de condutos de luz. A verdade de Deus deve ser levada a todas as terras, para que os homens sejam esclarecidos por ela. CE 192 2 Como um povo de posse de avançada luz, devemos imaginar meios com que desenvolvamos um exército de missionários educados, que entrem nos vários departamentos da obra de Deus. Precisamos de jovens de ambos os sexos bem disciplinados, de cultura, em nossos sanatórios, na obra médico-missionária, nos escritórios de publicações, nas Associações dos vários Estados, bem como no campo em geral. Necessitamos de rapazes e moças que, possuindo elevada cultura intelectual, estejam habilitados a fazer a melhor obra para o Senhor. Temos feito alguma coisa no sentido de atingir essa norma, mas ainda estamos muito atrás daquilo que o Senhor tem em vista. Como igreja, como indivíduos, se queremos estar limpos no juízo, cumpre-nos fazer mais liberais esforços para o preparo de nossa mocidade, a fim de estarem mais aptos para os diversos ramos da grande obra confiada a suas mãos. Como um povo possuidor de grande luz, devemos fazer planos sábios de maneira que a mente capaz dos que são dotados de talento seja robustecida, disciplinada e polida, de modo que a obra de Cristo não seja prejudicada por falta de obreiros capazes, que façam seu trabalho com diligência e fidelidade. CE 192 3 Alguns se contentariam com a esmerada educação de uns poucos dos mais promissores dentre nossos jovens; mas todos eles necessitam educar-se a fim de estarem aptos para ser úteis na vida, habilitados para lugares de responsabilidade, tanto na vida particular como na pública. Há grande necessidade de que se façam planos para que haja grande número de obreiros competentes, e muitos se devem habilitar como professores, de modo que outros venham a ser preparados e disciplinados para a grande obra do futuro. A igreja deve abranger a situação e, por sua influência e recursos, procurar promover esse tão desejado objetivo. Livre de dívidas CE 193 1 A fim de que nossas escolas possam realizar nobremente o desígnio para que são estabelecidas, devem estar livres de dívidas. Não se deve permitir que pese sobre elas o pagamento de juros. No estabelecimento de escolas missionárias para obreiros, e especialmente nos campos novos, em que são poucos os irmãos e limitados seus recursos, é melhor, em vez de retardar a obra, tomar dinheiro emprestado de amigos desse empreendimento; mas sempre que seja possível, consagrem-se nossas instituições livre de débitos. CE 193 2 O Senhor tem recursos para Sua obra nas mãos de Seus mordomos; e enquanto as escolas tiverem dívidas contraídas para sua fundação, para construírem-se os necessários edifícios, e proverem-se as precisas instalações, é nosso dever apresentar o caso aos irmãos, e pedir-lhes que diminuam esses débitos. Nossos ministros devem preocupar-se com esta obra. Cumpre-lhes animar todos a trabalhar harmonicamente, e a auxiliar segundo suas aptidões. Caso esta obra houvesse sido empreendida com fidelidade e diligência anos atrás, as dívidas de nossas escolas mais antigas já há muito poderiam haver sido saldadas. Economia CE 194 1 Na ereção dos edifícios escolares, em seu mobiliário, bem como em todo aspecto de sua direção, cumpre exercer-se a mais estrita economia. Nossas escolas não devem ser manejadas segundo qualquer plano estreito ou egoísta. Devem assemelhar-se o mais possível a um lar, e ensinarem em todos os aspectos lições corretas de simplicidade, utilidade, economia e parcimônia. CE 194 2 Os estudantes se acham em nossas escolas a fim de receberem especial preparo para se relacionarem com todos os ramos de serviço, de modo que, se houverem de sair como missionários, contem consigo mesmos e sejam capazes, por meio de sua aprimorada habilidade, de se proverem com os necessários recursos. Sejam homens ou mulheres, devem aprender a remendar, lavar e manter as próprias roupas em ordem. Devem poder cozinhar suas refeições. Estar familiarizados com a agricultura e serviços mecânicos. Assim poderão diminuir suas despesas e, por seu exemplo, incutir princípios de economia e parcimônia. Tais lições serão melhor ensinadas onde se exercita conscienciosamente a economia em tudo. CE 194 3 Não somente para benefício financeiro das escolas, mas também como educação para os estudantes, a economia deve ser fielmente considerada e conscienciosa e diligentemente exercida. Cuidem os dirigentes em todos os pontos, para que não haja desnecessária despesa, que venha ocasionar um encargo de dívida à escola. Todo aluno que ama a Deus acima de tudo, cooperará no levar responsabilidades a esse respeito. Os que foram educados em assim fazer, podem demonstrar por preceito e por exemplo, àqueles com quem se põem em contato, os princípios ensinados por nosso abnegado Redentor. A condescendência consigo mesmo é um grande mal e precisa ser vencida. CE 194 4 Alguns têm sido relutantes para dar a conhecer aos alunos as dificuldades financeiras das escolas; mas será muito melhor que eles vejam e compreendam a falta de meios, pois serão assim capazes de ajudar no fazer economia. Muitos do que vêm às nossas escolas, provieram de lares destituídos de adornos, e onde foram acostumados a comer comida simples, sem muita variedade. Que influência terá nosso exemplo sobre esses? Ensinemos-lhes que, ao passo que temos tantos modos de gastar nossos recursos; enquanto milhares estão perecendo à míngua, morrendo de peste, de fome, por derramamento de sangue ou pelo fogo, cabe a cada um de nós considerar cuidadosamente, não adquirir coisas desnecessárias simplesmente para satisfazer o apetite ou por amor da aparência. CE 195 1 Caso nossas escolas sejam bem orientadas, não se acumularão débitos, e todavia os alunos terão conforto, e a mesa será provida com bastante alimento bom e nutritivo. Nossa economia nunca deveria ser daquela espécie que leve a alimentar os alunos de modo deficiente. Eles devem ter abundância de alimento saudável. Ajuntem, porém, os encarregados da cozinha as sobras, para que nada se perca. CE 195 2 Ensinem-se os alunos a conservarem cuidadosamente o que lhes pertence, bem como o que é da escola. Importa fazê-los compreender o dever de limitarem toda despesa desnecessária, seja na escola, seja quando viajam indo para casa ou vindo. A abnegação é coisa essencial. Precisamos dar ouvidos às instruções dadas, porquanto nos vamos aproximando do fim do tempo. Seremos cada vez mais obrigados a planejar, idear e fazer economia. Não podemos dirigir como se tivéssemos um banco de onde pudéssemos sacar em ocasião de emergência; portanto não nos devemos meter em dificuldades. Como indivíduos e administradores das instituições do Senhor, teremos de cortar necessariamente tudo quanto vise mera ostentação, pondo as despesas dentro dos estreitos limites de nossas rendas. Boa administração CE 196 1 A administração financeira de algumas de nossas escolas pode ser grandemente melhorada. Mais sabedoria, mais capacidade mental, devem ser empregadas no trabalho. Cumpre introduzir mais métodos práticos a fim de deter o aumento de despesas, o que daria em resultado o meter-se em débitos. Em Battle Creek e College View, tem-se empregado demasiado capital em prédios, e foi gasto mais que o necessário em mobiliar os internatos. CE 196 2 Quando os diretores de uma escola verificam que ela não está satisfazendo as despesas correntes, e estão-se contraindo dívidas, devem proceder como os equilibrados homens de negócio, e mudar seus métodos e planos. Quando se demonstra ao fim de um ano que a direção financeira foi errada, dê-se ouvido à voz da sabedoria. Haja decidida reforma. Os professores devem manifestar excelência cristã no pensar e planejar séria e solidamente para melhorar a situação. Cumpre-lhes aderir de coração aos planos do administrador, partilhando-lhe as preocupações. Despesas de educação baixas CE 196 3 Em algumas de nossas escolas, o preço da instrução tem sido demasiado baixo. Isto tem sido em muitos sentidos prejudicial ao trabalho educativo. Tem trazido compromissos desanimadores; lançado sobre a administração contínua suspeita de não calcularem bem, de falta de economia e de planejar erroneamente; isto tem causado desânimo aos professores, levando o povo a exigir preços correspondentemente baixos em outras escolas. Seja qual for o motivo que tenha levado a fazer os preços da pensão escolar abaixo do custo de vida, o fato de a escola estar ficando grandemente atrasada é suficiente razão para reconsiderar os planos, e ajustar o que ela cobra de maneira a produzir futuramente outros resultados. A quantia cobrada pela pensão escolar e cama e mesa deve ser suficiente para pagar os salários do corpo docente, prover a mesa com abundância de comida saudável e nutritiva, manter o mobiliário dos quartos, atender à conservação dos edifícios e a outras despesas correntes necessárias. Isto é questão importante, e não admite cálculos estreitos, mas uma investigação cabal. É preciso o conselho do Senhor. A escola deve ter renda suficiente, não só para pagar as necessárias despesas correntes, mas para poder prover aos alunos, durante o período escolar, alguns aparelhamentos essenciais a seu trabalho. CE 197 1 Importa não acumular dívidas período após período. A mais alta espécie de educação que se possa ministrar, é fugir de incorrer em débitos, como evitaríeis a doença. Quando passa ano após ano, e não há sinal de diminuir a dívida, antes aumentando, é preciso fazer alto. O diretor deve dizer: "Recusamo-nos a prosseguir na direção da escola, a menos que se imagine um sistema eficaz." Seria melhor, muito melhor, fechar a escola até que os dirigentes aprendessem a ciência de administrá-la sobre bases compensadoras. Por amor de Cristo, como o povo escolhido de Deus, aplicai-vos ao trabalho, e iniciai um são sistema financeiro em nossas escolas. CE 197 2 Sempre que se torna preciso elevar os preços, em qualquer escola, seja primeiro o assunto exposto aos patrocinadores dessa escola, mostrando-lhes que os pagamentos foram feitos muito baixos e que, em resultado, estão-se acumulando dívidas sobre a instituição, prejudicando e entravando-lhe a obra. Talvez o elevar devidamente os preços ocasione diminuição na matrícula, mas o maior número de alunos não devia causar tanto regozijo como a libertação do débito. CE 197 3 Um dos resultados das pequenas contribuições em Battle Creek, tem sido o ajuntamento de maior número de alunos e de famílias em um lugar, do que é prudente. Se dois terços do povo de Battle Creek fossem lavoura do Senhor em outras partes, teriam espaço para se desenvolver. Maiores proveitos haveriam aparecido, se parte do tempo e da energia dedicados à escola maior de Battle Creek a fim de conservá-la em favoráveis condições, houvesse sido empregada em outras localidades onde há margem para empreendimentos agrícolas a serem promovidos como parte da educação. Houvesse acaso havido boa vontade de seguir os caminhos do Senhor em Seus planos, muitos estabelecimentos estariam agora florescendo em outros lugares. CE 198 1 Repetidamente nos tem vindo a palavra do Senhor, dizendo que deve haver outros estabelecimentos, tanto igrejas como escolas, em outras localidades, que há demasiado peso de responsabilidades em um lugar. Tire-se o povo dos grandes centros, e estabeleça-se interesse em outros lugares, é a recomendação feita. Houvessem estas instruções sido atendidas, houvessem sido distribuídos os recursos, o dinheiro dispendido nos edifícios a mais em Battle Creek haveria fartamente proporcionado dois novos edifícios em outras localidades, e os três haveriam crescido e dado frutos como não se têm visto, por haverem os homens preferido seguir sua própria sabedoria. CE 198 2 Dizem os irmãos que ministros e pais alegam que há dezenas e dezenas de jovens em nossas fileiras que necessitam das vantagens oferecidas em nossas escolas missionárias, os quais não as podem cursar a menos que a despesa seja menor. Mas os que pleiteiam pagamentos mais baixos devem ponderar cuidadosamente todos os lados da questão. Se os alunos não podem por si mesmos dispor de suficientes recursos para pagar a despesa real de bom e fiel trabalho em sua educação, não seria melhor que os pais, amigos, as igrejas a que eles pertencem ou irmãos de coração generoso e liberal da Associação de que eles fazem parte, os ajudassem, do que se trouxesse sobre a escola um fardo de dívidas? Seria muito melhor que os muitos patrocinadores da instituição partilhassem da despesa, do que ela incorrer em débitos. CE 199 1 É preciso imaginarem-se métodos de impedir a acumulação de dívidas sobre nossas instituições. Não se deve permitir que toda a causa sofra em virtude de compromissos que nunca serão saldados a menos que haja inteira mudança, e o trabalho seja levado avante em base diversa. Que todos quantos tiveram parte em permitir que essa nuvem de débitos baixasse sobre eles, sintam agora ser seu dever fazerem o que lhes for possível a fim de a dissipar. Auxílio a alunos merecedores CE 199 2 Às igrejas das diferentes localidades cumpre sentir que repousa sobre elas solene responsabilidade de preparar os jovens e cultivar os talentos para se empenharem em obra missionária. Quando vêem na igreja rapazes ou moças promissores de virem a tornar-se úteis obreiros, mas que não se podem manter a si mesmos na escola, devem assumir a responsabilidade de os mandar a uma de nossas escolas missionárias. Há nas igrejas excelentes capacidades, as quais precisam ser encaminhadas para o serviço. Pessoas há que prestariam bom serviço na vinha do Senhor, mas muitas são demasiado pobres para, sem assistência, obterem a educação de que necessitam. As igrejas devem considerar privilégio tomar parte em custear as despesas dessas pessoas. CE 199 3 As pessoas que têm no coração a verdade, têm sempre a alma aberta, ajudando no que é necessário. Elas abrem o caminho, e outros seguem-lhes o exemplo. Caso haja alguns que devam ser favorecidos com a escola, mas não possam pagar toda a despesa escolar, mostrem as igrejas sua liberalidade em ajudá-las. CE 199 4 Além disto, deve-se arrecadar em cada Associação um fundo para emprestar a dignos estudantes pobres que se desejam consagrar à obra missionária; e em alguns casos devem mesmo receber como dádiva. Ao iniciar-se o colégio de Battle Creek, colocou-se no escritório da Review and Herald um fundo para benefício dos que desejassem preparar-se, mas não tivessem meios. Isto foi usado por vários estudantes, até que conseguissem um bom impulso; depois pagavam de seus ganhos o que haviam retirado, de modo que outros tivessem por sua vez o benefício daquele fundo. É preciso que os jovens compreendam claramente que se devem esforçar o quanto possível para abrir o próprio caminho, pagando assim em parte as próprias despesas. O que custa pouco, em pouco também será apreciado. Mas o que envolve um custo mais ou menos aproximado a seu real valor, será proporcionalmente estimado. Ensinar a depender de si mesmo CE 200 1 Por preceito e por exemplo, ensinai a abnegação, a economia, a generosidade, o esforço próprio. Todo aquele que possui um caráter verdadeiro, estará habilitado a fazer face às dificuldades, e será pronto em seguir um "Assim diz o Senhor". Os homens não se acham preparados para compreender sua obrigação para com Deus enquanto não houverem aprendido na escola de Cristo a usar-Lhe o jugo da restrição e obediência. O sacrifício é justo o princípio de nossa obra no promover a verdade e estabelecer instituições. Constitui parte essencial da educação. O sacrifício deve tornar-se habitual em toda a edificação de nosso caráter nesta vida, se quisermos ter um edifício não feito com mãos, eterno, no Céu. CE 200 2 Em virtude de errôneas idéias relativamente ao dispêndio do dinheiro, a juventude está exposta a muitos perigos. Não devem ser carregados, suprindo-se-lhes dinheiro como se houvesse inexaurível abastecimento de onde pudessem tirar para satisfação de toda suposta necessidade. O dinheiro é para ser considerado um dom de Deus a nós confiado para efetuar Sua obra, promover-Lhe o reino, e os jovens devem aprender a restringir os próprios desejos. Ensinai que ninguém corrompa suas faculdades no agradar-se e satisfazer-se a si mesmo. Aqueles a quem Deus dotou de habilidade para adquirir meios se acham para com Ele na obrigação de empregar esses meios, mediante a sabedoria comunicada pelo Céu, para glória de Seu nome. Todo dinheiro gasto para satisfação própria, ou dado a amigos prediletos que o vão gastar para satisfação do orgulho e do egoísmo, é roubado ao tesouro de Deus. O dinheiro gasto em roupas para agradar à vista é tanto, que poderia haver sido empregado para promover a obra de Deus em novos lugares. Oh! que Deus desse a todos um verdadeiro senso do que significa ser cristão! É ser semelhante a Cristo, e Cristo não viveu para Se agradar a Si mesmo. O dever de nossas associações CE 201 1 Nossas Associações olham para as escolas em busca de obreiros educados e bem preparados, e deviam dar-lhes, a essas escolas, um apoio mais caloroso e inteligente. Tem sido comunicada positiva luz para que os que ministram em nossas escolas ensinando a Palavra de Deus, explicando as Escrituras, educando os alunos nas coisas divinas, sejam sustentados com o dinheiro do dízimo. Estas instruções foram dadas há muito tempo, e mais recentemente têm sido aqui e ali repetidas. CE 201 2 Onde quer que sejam estabelecidas escolas, devem-se prover diretores sábios, "homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza", homens que façam tudo quanto lhes é possível nas várias responsabilidades de sua posição. Devem ser dotados de capacidade para os negócios, porém é ainda de maior importância que andem humildemente diante de Deus e sejam guiados pelo Espírito Santo. Esses homens serão ensinados por Deus, e buscarão conselho de irmãos dados à oração. CE 201 3 Os que dirigem nossas escolas devem trabalhar impelidos por motivos puros. Em sua abnegação, lembrar-se-ão que outras partes da grande seara exigirão os mesmos recursos para a escola que lhes está ao cargo. Lembrarão, em todos os planos, que se devem preservar a igualdade e a unidade. Hão de calcular cuidadosamente o custo de todo empreendimento, e esforçar-se-ão por não absorver tão grande soma de dinheiro que privem outros campos dos necessários recursos. CE 202 1 Muito freqüentemente ministros têm sido levados a assumir responsabilidades de que não eram de maneira alguma aptos a desempenhar-se. Colocai tais encargos sobre homens que são dotados de tato comercial, que se podem dedicar aos negócios, que podem visitar as escolas e manter um relatório das condições financeiras, e que também são aptos a dar instruções quanto a manter a contabilidade. O trabalho da escola deve ser inspecionado várias vezes por ano. Desempenhem os ministros o papel de conselheiros, mas não se coloquem sobre ele as responsabilidades financeiras. Inspeção pelo revisor da associação geral CE 202 2 A luz que me foi dada pelo Senhor, é que homens prudentes, homens de capacidade financeira, visitem nossas escolas em todos os países, e mantenham o controle de sua situação econômica Esse assunto não deve ser deixado a cargo dos ministros ou dos membros da comissão, que não dispõem de tempo para assumir esse encargo. Tampouco se deve pôr sobre os mestres essa responsabilidade. Essas questões de negócios escolares exigem talento que ainda não foi provido. CE 202 3 Caso os dirigentes houvessem exercitado clara percepção no passado, as desanimadoras condições financeiras que tanto têm estorvado a Causa nos últimos anos nunca teriam existido. CE 202 4 Se nossa obra educativa houvesse sido levada avante em harmonia com as instruções dadas para nossa direção, não pairaria hoje sobre nossas instituições a pesada sombra de dívidas. As finanças das escolas junto às igrejas CE 202 5 Os mesmos princípios que, quando seguidos, trazem êxito e bênçãos a nossas escolas e colégios missionários, devem reger nossos planos quanto às escolas junto às igrejas. Que todos partilhem das despesas. Cuide a igreja que todos quantos devem receber os benefícios da escola a freqüentem realmente. As famílias pobres devem ser ajudadas. Não nos podemos chamar verdadeiros missionários, se negligenciarmos aqueles que, mesmo às nossas portas, se encontram na idade mais crítica, necessitados de nosso auxílio a fim de adquirir conhecimento e experiência que os habilitem para o serviço de Deus. CE 203 1 O Senhor quer que envidemos os maiores esforços na educação de nossos filhos. Genuína obra missionária feita por professores diariamente ensinados por Deus, traria muitas almas ao conhecimento da verdade tal como é em Jesus, e as crianças assim educadas comunicarão a outros a luz e o conhecimento recebidos. Darão os membros da igreja os meios necessários para avançar a causa de Cristo entre os outros, deixando os próprios filhos promoverem o serviço e obra de Satanás? CE 203 2 Ao serem estabelecidas as escolas junto às igrejas, o povo de Deus verificará que é para eles valiosa educação o aprenderem a dirigir uma escola de maneira que venha a ser um êxito no sentido financeiro. Caso isto não possa ser conseguido, fechem a escola até que, com o auxílio de Deus, arranjem-se planos próprios para levá-la avante sem a mancha de débitos. Os livros devem ser revisados uma, duas e três vezes anualmente, por homens de capacidade financeira, de modo a verificar-se o verdadeiro estado da escola, e ver que não tenham lugar aí grandes despesas que venham a resultar em acumulação de compromissos. Devemos fugir de dívidas como de lepra. CE 203 3 Muitos de nossos jovens que desejam educar-se, pouco se preocupam com envolver-se em débitos. Consideram o estudo dos livros como a principal maneira de se educar. Não compreendem o valor da educação nos negócios práticos, e ficam satisfeitos com o passarem anos a se instruir com recursos de outros, em vez de o fazerem com o próprio trabalho. Não analisam os resultados disto. Não raciocinam da causa para o efeito. CE 204 1 Freqüentemente a conseqüência dessa direção, é um desproporcionado desenvolvimento das faculdades. O aluno não compreende os pontos fracos de seu caráter; não avalia as próprias deficiências. Com o depender dos outros, perde uma experiência da vida prática, que difícil lhe será recuperar. Não aprende a dependência de si mesmo. Não aprende a exercer fé. A fé genuína habilitará a alma a erguer-se e sair de um estado imperfeito, atrasado, e compreender o que seja a verdadeira sabedoria. Caso os alunos desenvolvam o cérebro, a estrutura óssea e os músculos, de maneira harmônica, serão mais capazes de estudar, mais habilitados a fazer face às realidades da vida. Mas no caso de seguirem as próprias idéias errôneas acerca do que constitui a educação, não virão a ser homens e mulheres feitos por si mesmos, bem aparelhados. CE 204 2 "Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela. O alongar-se da vida está na sua mão direita, na sua esquerda riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas as suas veredas paz." Provérbios 3:13-18. ------------------------Capítulo 22 -- Uma palavra de advertência CE 205 1 Brisbane, Queensland, Austrália, 26 de Outubro, 1898 Aos Conselheiros de Estudantes de Medicina: Há um fardo em minha alma. Há jovens que são animados a fazer um curso de estudos nos ramos de medicina, e que deviam estar se preparando de modo mais decidido para proclamar a mensagem do terceiro anjo. Não é necessário que nossos estudantes de medicina gastem todo o tempo que estão despendendo nesses estudos. Sua obra deve ser mais decididamente combinada com o estudo da Palavra de Deus. Inculcam-se idéias que não são de modo algum necessárias, e o que é necessário não recebe suficiente atenção. Perigo contra que precaver-se CE 205 2 Enquanto os estudantes estão sendo educados deste modo, vão se tornando menos capacitados para fazer um trabalho aceitável para o Mestre. O desgaste que sofrem para alcançar um ampliado conhecimento nos ramos médicos incapacita-os para trabalhar como deviam nos setores ministeriais. Esgotamento físico e mental sobrevém em virtude do excesso de estudo, e porque os estudantes são encorajados a trabalhar indevidamente pelos de baixa classe e degradados. Assim alguns ficam desqualificados para a obra que poderiam ter feito, tivessem eles começado trabalho missionário onde necessário fosse e deixado o aspecto médico associar-se como uma parte essencial relacionada com a obra do ministério evangélico como um todo, assim como a mão está ligada ao corpo. A vida não deve ser posta em perigo no esforço de obter educação médica. Há o perigo, em alguns casos, de que os estudantes arruínem sua saúde e se incapacitem para fazer o trabalho que poderiam ter feito não tivessem sido desavisadamente animados a fazer um curso médico. CE 206 1 Muitas vezes opiniões errôneas são inscritas na mente, e conduzem a um modo de agir inadequado. Os estudantes devem ter tempo para falar com Deus, tempo para viver em constante e consciente comunhão com os princípios da verdade, justiça e misericórdia. Neste tempo é essencial rigoroso exame do coração. O estudante precisa colocar-se onde possa haurir da Fonte de poder espiritual e intelectual. Ele deve exigir que toda causa que reclame sua simpatia e cooperação tenha a aprovação do raciocínio que Deus lhe deu, e da consciência, a qual o Espírito Santo está controlando. Não deve ele praticar um só ato que não se harmonize com os profundos e santos princípios que ministram luz a sua alma e vigor a sua vontade. Somente assim pode ele prestar a Deus o mais elevado serviço. Não se lhe deve ensinar que a obra médico-missionária o ponha em obrigação para com qualquer homem, o qual lhe ditará o que deve ser a sua obra. CE 206 2 Não deve a obra médico-missionária ser posta à parte e separada da organização da igreja. Os estudantes de medicina não devem receber a idéia de que pode considerar-se responsável somente aos líderes na obra médica. Devem ser deixados livres para receber conselho de Deus. Não devem comprometer-se a si mesmos e o seu futuro a coisa alguma que falíveis seres humanos possam esboçar-lhes. Nenhum fio de egoísmo deve ser entretecido na teia; nenhum esquema que tenha uma só partícula de justiça deve ser traçado. O egoísmo não deve controlar qualquer aspecto da obra. Lembremo-nos de que individualmente estamos trabalhando a plena vista do Universo celestial. Uma elevada norma CE 206 3 "Amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com todas as tuas forças, e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27. Pouco antes de deixar os Seus discípulos para retornar ao Céu, Cristo declarou: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis." Aqui estamos vendo a norma elevada cada vez mais. "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." João 13:34, 35. Não puderam os discípulos nesta ocasião compreender as palavras de Cristo; mas após Sua crucifixão, ressurreição, e ascensão, eles compreenderam o Seu amor como nunca dantes. Tinham-no visto expresso em Seus sofrimentos no jardim, no tribunal, e em Sua morte na cruz do Calvário. Ensinar e curar CE 207 1 O povo de Deus deve ser uno. Não deve haver separação em Sua obra. Cristo enviou os doze apóstolos, e mais tarde os setenta discípulos, para que pregassem o evangelho e curassem os enfermos. "E indo", disse Ele, "pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:7, 8. E ao saírem pregando o reino de Deus, foi-lhes dado poder para curar os enfermos e expulsar os espíritos malignos. Na obra de Deus, o ensino e a cura nunca se devem separar. Os povo do Senhor, que guarda os Seus mandamentos, deve estar unido. Satanás imaginará todo artifício para separar aqueles que estão procurando ficar unidos. Mas o Senhor Se revelará como um Deus que julga Estamos trabalhando sob as vistas das hostes celestiais. Há entre nós um divino Vigia, inspecionando tudo que é planejado e levado a cabo. ------------------------Capítulo 23 -- Socorro a nossas escolas Um exemplo de liberalidade CE 208 1 Quando o Senhor convidou Israel a contribuir para a construção do tabernáculo no deserto, houve calorosa resposta. "E veio todo homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação." E vieram, homens e mulheres, tantos quantos tinham o coração voluntário. Vieram os homens com as suas ofertas em ouro e prata, com tecidos selecionados e madeiras valiosas. Os chefes trouxeram pedras preciosas, especiarias de alto custo, e óleo para as lâmpadas. "E todas as mulheres sábias de coração fiavam com as suas mãos, e traziam o fiado." Eles "traziam cada manhã oferta voluntária", até que se trouxe a Moisés esta informação: "O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse." Êxodo 35:21-25; 36:3, 5. Este generoso serviço voluntário foi agradável a Deus; e quando o tabernáculo ficou pronto, o Senhor mostrou Sua aprovação à oferta: "Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo." Êxodo 40:34. CE 208 2 Exemplo muito semelhante a este de serviço voluntário foi o trabalho feito em favor de nossas escolas na publicação de Parábolas de Jesus, e sua vendagem. Regozijamo-nos de que tão grande número de pessoas dentre nosso povo tenha-se entregue a esta obra, e que seus esforços estejam propiciando tanto sucesso. Regozijamo-nos de que nossos oficiais de associações e das sociedades de publicações tenham empregado sua influência e energia a esta grande tarefa, e que os pastores, obreiros bíblicos, colportores e membros da igreja tenham-se empenhado tão fervorosamente no especial empreendimento para o rápido alívio de nossas escolas. O generoso, o dedicado modo em que nossas casas publicadoras e nossos irmãos e irmãs em geral assumiram este empreendimento é muito agradável ao Senhor. Está em harmonia com Seu plano. O plano do Senhor CE 209 1 Há, na providência divina, períodos particulares quando devemos levantar-nos e responder ao chamado de Deus e fazer uso de nossos recursos, de nosso tempo, de nosso intelecto, de todo o nosso ser, corpo e alma e espírito, no cumprimento de Seus reclamos. Assim é no tempo presente. O interesse da causa de Deus está em jogo. As instituições do Senhor estão em perigo. Em virtude do terrível fardo de dívidas com as quais nossas escolas estão lutando, a obra se vê obstada por todos os lados. Em nossa grande necessidade, Deus abriu um caminho em meio às dificuldades, e nos convidou a cooperar com Ele no cumprimento de Seu propósito. Foi plano Seu que o livro Parábolas de Jesus fosse entregue para alívio de nossas escolas, e Ele reclama de Seu povo que faça a sua parte em colocar este livro perante o mundo. Nisto Ele está testando o Seu povo e Suas instituições, para ver se trabalharão unidos e com um só coração em abnegação e altruísmo. Todos devem cooperar CE 209 2 Um bom começo foi feito com a vendagem de Parábolas de Jesus. O que se necessita agora é que haja um fervente e unido esforço para completar a obra que foi tão bem iniciada. Lemos nas Escrituras: "Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:11. Cada ramo da causa de Deus é digno de diligência; mas nada pode merecer mais do que este empreendimento nesta oportunidade. Um trabalho decidido deve ser feito na concretização do plano de Deus. Fale cada batida na porta em favor do Mestre na venda de Parábolas de Jesus. Unam-se aos obreiros todos que tiverem possibilidade de fazê-lo. CE 210 1 Pelo resultado do êxito nos esforços já feitos, vemos que é muito melhor obedecer aos reclamos de Deus hoje do que esperar uma ocasião que poderíamos considerar mais favorável. Precisamos tornar-nos homens e mulheres da oportunidade de Deus, pois grandes responsabilidades e possibilidades estão ao alcance de todos que se alistaram para uma vida de serviço sob a bandeira de Cristo. CE 210 2 Deus nos convida a ação, a fim de que nossas instituições educativas possam ficar livres de dívidas. Seja o plano de Deus posto em prática segundo Sua própria ordem. CE 210 3 O presente é uma oportunidade que não podemos concordar em perder. Apelamos a todo o nosso povo que ajude quanto puderem precisamente agora. Apelamos a que façam um trabalho que será agradável a Deus, na aquisição do livro. Suplicamos que todo recurso disponível seja usado para ajudar em sua circulação. Insistimos com todos os presidentes de nossos campos para que considerem como podem promover este empreendimento. Apelamos aos nossos pastores que, ao visitarem as igrejas, encorajem homens e mulheres a saírem como colportores e a fazerem decidido movimento no sentido da abnegação, doando parte de seus lucros para ajudar nossas escolas. CE 210 4 É necessário um movimento geral, mas este tem de começar com movimentos individuais. Que em toda igreja os membros de cada família façam esforços decididos de abnegação e de promoção do trabalho. Que as crianças desempenhem uma parte. Que haja cooperação de todos. Façamos nós mesmos o melhor que pudermos neste tempo para dedicar a Deus nossa oferta, e pôr em prática Sua vontade específica, criando assim uma ocasião para testemunho em Seu favor e de Sua verdade num mundo de trevas. A lâmpada está em nossas mãos. Deixemos que sua luz brilhe com intensidade. CE 211 1 Jovens, vós que pensais entrar no ministério, assumi esta obra. O manejo do livro posto em vossas mãos pelo Senhor deve ser vosso mestre. Servindo-vos desta oportunidade, progredireis sem dúvida no conhecimento de Deus e dos melhores métodos para alcançar o povo. CE 211 2 O Senhor conclama moços e moças para que entrem em Seu serviço. Os jovens são receptivos, vivos, ardentes, esperançosos. Uma vez tendo provado a ventura do sacrifício próprio, não se satisfarão a menos que estejam constantemente aprendendo do Grande Mestre. O Senhor abrirá caminhos diante dos que respondam ao Seu chamado. CE 211 3 Trazei para o trabalho o fervente desejo de aprender a assumir responsabilidades. Com braços fortes e coração animoso saí para o conflito que todos têm de enfrentar, conflito que se tornará cada vez mais renhido ao nos aproximarmos do embate final. Preparação para o trabalho CE 211 4 Os que se empenham nesta obra devem dar-se primeiro a Deus sem reservas. Devem se colocar onde possam aprender de Cristo e seguir o Seu exemplo. Ele os convidou: "Vinde a Mim, todos que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo, leve." Mateus 11:28-30. Anjos são comissionados para sair com os que assumem esta obra com verdadeira humildade. CE 211 5 Devemos orar sem cessar, e todos devemos viver nossas orações. A fé aumentará sobremodo com o exercício. Os que estão colportando com Parábolas de Jesus aprendam as lições ensinadas no livro com que estão trabalhando. Aprendam de Cristo. Tenham fé em Seu poder para vos ajudar e vos salvar. A fé é o próprio fluido vital da alma. Sua presença comunica calor, saúde, coerência e saudável discernimento. Sua vitalidade e vigor exercem influência poderosa, embora inconsciente. A vida de Cristo na alma é como uma fonte de água que salta para a vida eterna. Ela conduz a um constante cultivo das graças celestiais e a afável submissão ao Senhor em todas as coisas. CE 212 1 Falo aos obreiros, jovens e idosos, que estão manejando nossos livros, especialmente os que estão colportando com o livro que está agora dando o seu recado de misericórdia: Exemplificai na vida as lições dadas por Cristo em Seu Sermão do Monte. Isto fará uma impressão mais profunda e terá mais duradoura influência sobre as mentes do que os sermões proferidos do púlpito. Podeis não ser capazes de falar com eloquência aos que desejais ajudar, mas se falardes com modéstia, escondendo em Cristo o vosso eu, vossas palavras serão ditadas pelo Espírito Santo; e Cristo, com quem estais cooperando, impressionará o coração. CE 212 2 Exercitai aquela fé que opera por amor e santifica a alma. Que ninguém permita agora o Senhor Se envergonhe dele por sua incredulidade. Desânimo e indolência nada realizam. Embaraços em negócios seculares são algumas vezes permitidos por Deus para estimular faculdades entorpecidas a mais fervente ação, a fim de que Ele possa honrar a fé pela concessão de ricas bênçãos. Este é um modo de fazer Sua obra progredir. Olhando para Jesus, não apenas como nosso Exemplo, mas como o Autor e Consumador de nossa fé, sigamos adiante, tendo confiança em que Ele suprirá força para o cumprimento de cada obrigação. CE 212 3 Penosíssimos esforços serão requeridos daqueles que têm o fardo desta obra; pois deverá dar-se a correta instrução, a fim de que o senso da importância da obra possa ser mantido ante os obreiros, e que todos possam desejar o espírito de abnegação e sacrifício exemplificado na vida de nosso Redentor. Cristo fez sacrifícios a cada passo, sacrifícios que nenhum de Seus seguidores poderá jamais fazer. Em toda abnegação de nós requerida nessa obra, em meio a todas as coisas desagradáveis que ocorrem, devemos considerar que estamos jungidos a Cristo, partilhando do Seu espírito de bondade, de perdão e abnegação. Este espírito abrirá o caminho diante de nós e nos dará sucesso, porque Cristo é nossa recomendação ao povo. A obra em todas as terras CE 213 1 Nosso povo em todos os países deve assumir a obra de auxílio a nossas escolas. Seja ela levada avante por nossas igrejas na Divisão Australasiana. Nossa escola aí está necessitando de auxílio, e se nosso povo assumir unido a tarefa, muito poderá fazer para aligeirar o fardo de dívidas; podem animar o coração dos que estão trabalhando para lograr este objetivo, as instrumentalidades do Senhor; e podem ajudar a estender sua influência de bênção para as distantes terras pagãs e as ilhas do mar. CE 213 2 Estamos certos de que nossa casa publicadora na Austrália será liberal no planejamento da publicação de Parábolas de Jesus. O Senhor tem abençoado grandemente esta instituição, e ela deve apresentar-Lhe uma oferta de gratidão, fazendo doação irrestrita para liberar de dívida a escola. Confiamos em que ela assumirá a tarefa e fará nobremente a sua parte. E esta cooperação com Deus provar-se-á para a casa publicadora da Austrália uma bênção tão grande como tem sido em relação com nossas instituições na América. CE 213 3 Entregai-vos a esta obra, meus irmãos na Austrália. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." Hebreus 11:1. Já não experimentamos isto no passado? Ao sairmos, confiados na promessa de Deus, as coisas que se não vêem salvo, pelos olhos da fé, tornaram-se coisas visíveis. Ao nos movermos e trabalharmos pela fé, Deus cumpriu para conosco cada uma das palavras que proferiu. A prova que temos da fidelidade de Suas promessas deve obstar todo pensamento de incredulidade. Duvidar é um pecado, e não cremos que nossos irmãos na Austrália se façam culpados disto. CE 214 1 O Senhor tem feito muito por vós todos em vossos países. Levantai os vossos olhos e vede os campos, que já estão brancos para a ceifa. Louvemos a Deus porque Sua palavra tem-se cumprido além de todas as nossas expectativas. CE 214 2 Convoco o nosso povo para que, com fervor e desinteressadamente, entre no trabalho de livrar da dívida a escola. Faça a casa publicadora a sua parte na publicação do livro. Que nosso povo em toda a Divisão Australasiana mantenha a vendagem de Parábolas de Jesus. Deus os abençoará nesta tarefa. CE 214 3 Os obreiros na Inglaterra devem fazer todo esforço possível na vendagem deste livro, para que se possa estabelecer uma escola nesse país. Meus irmãos da Inglaterra, da Alemanha e de todos os outros países da Europa onde a luz da verdade está brilhando, sustentai esta obra. Seja este livro traduzido para diferentes línguas e posto a circular nos diversos países da Europa. Que nossos colportores em todas as partes da Europa sejam animados a ajudar em sua vendagem. A venda deste livro fará muito mais do que simplesmente ajudar a aliviar de débito nossas instituições. Ela abrirá o caminho para que nossos livros maiores encontrem um pronto mercado. Assim a verdade alcançará a muitos que de outro modo não a receberiam. CE 214 4 Apelo de modo especial a nossos irmãos na Escandinávia. Não assumiríeis a tarefa que Deus vos entregou? Não trabalharíeis até o máximo de vossa capacidade para aliviar as instituições comprometidas de vosso campo? Não olheis com desespero, dizendo: "Nada podemos fazer." Cessai de falar em desânimo. Apegai-vos ao braço do Poder Infinito. Lembrai-vos de que vossos irmãos em outras terras estão se unindo para prestar-vos auxílio. Não falteis nem vos desanimeis. O Senhor sustentará os Seus obreiros na Escandinávia se assumirem sua parte com fé, oração e esperança, tudo fazendo para promover Sua causa e apressar Sua volta. CE 215 1 Seja feito na Inglaterra por parte de nosso povo o mais fervente esforço, a fim de inspirar com fé e coragem os seus irmãos da Escandinávia. Irmãos, precisamos ir em socorro do Senhor, em socorro do Senhor com os valorosos. CE 215 2 Lembrai-vos de que quanto mais nos aproximamos do tempo da vinda de Cristo, mais fervente e firmemente devemos trabalhar, pois temos a oposição de toda a sinagoga de Satanás. Não precisamos de febril excitação, mas daquela coragem que nasce da fé genuína. Resultados do trabalho CE 215 3 Por meio da obra de socorro a nossas escolas, uma bênção quádrupla será experimentada para as escolas, para o mundo, para a igreja e para os obreiros. CE 215 4 Ao mesmo tempo em que se reúnem recursos para alívio de nossas escolas, a melhor leitura está sendo posta nas mãos de grande número de pessoas que, não fora este esforço, jamais teriam visto Parábolas de Jesus. Há almas em lugares solitários que serão alcançadas por este empenho. As lições tiradas das parábolas de nosso Salvador serão para muitos como folhas da árvore da vida. CE 215 5 É desígnio do Senhor que Parábolas de Jesus, com sua instrução preciosa, leve os crentes a união. Os abnegados esforços feitos pelos membros de nossa igreja provar-se-ão um meio de uni-los, de modo que sejam santificados no corpo, alma e espírito, como vasos para honra, preparados para receber o Espírito Santo. Os que procuram fazer a vontade de Deus, investindo cada talento com o máximo de proveito, tornar-se-ão sábios em trabalhar para o Seu reino. Aprenderão lições do maior valor, e sentirão a satisfação mais completa de uma mente racional. Paz, graça e poder de intelecto ser-lhes-ão concedidos. CE 216 1 Ao levarem este livro aos que necessitam da instrução que ele contém, os obreiros ganharão preciosa experiência. Esta obra é um meio de educação. Os que fizerem o melhor como mão ajudadora do Senhor para promover a circulação de Parábolas de Jesus obterão uma experiência que os capacitará a ser bem-sucedidos obreiros de Deus. Muitíssimos, mediante o treino recebido nesta obra, aprenderão a colportar com nossos livros maiores tão necessários ao povo. CE 216 2 Todo aquele que se dedicar a esta tarefa correta, alegre e esperançosamente, encontrará nela uma grande bênção. O Senhor não força pessoa alguma a empenhar-se em Seu trabalho; mas aos que decididamente se colocam a Seu lado, dará Ele mente bem disposta. Ele abençoará a todos os que manifestarem externamente o espírito em que Ele opera internamente. A tais obreiros Ele concederá favor e sucesso. Ao se penetrarem campo após campo, novos métodos e novos planos resultarão de novas circunstâncias. Novos pensamentos virão com os novos obreiros que se dedicarem ao trabalho. Ao procurarem o auxílio do Senhor, Ele Se comunicará com eles. Receberão planos elaborados pelo próprio Senhor. Almas serão convertidas, e haverá dinheiro. Os obreiros encontrarão lugares incultos da vinha do Senhor ao lado mesmo de campos já cultivados. Cada campo revela novos lugares a serem conquistados. Tudo que for feito mostrará quanto mais ainda resta por fazer. CE 216 3 À medida que trabalhamos em associação com o Grande Mestre, as faculdades mentais se desenvolverão. A consciência é posta sob guia divina. Cristo toma sob Seu controle todo o ser. CE 216 4 Ninguém pode estar verdadeiramente unido a Cristo, praticar Suas lições, submeter-se a Seu jugo de restrição, sem compreender aquilo que jamais pode expressar em palavras. Vêm-lhe pensamentos novos e ricos. O intelecto recebe luz, a vontade determinação, a consciência recebe sensibilidade e a imaginação pureza. O coração torna-se mais terno, mais espirituais os pensamentos, o serviço mais semelhante ao de Cristo. Vê-se na vida o que palavra alguma pode expressar: veracidade, fidelidade, dedicação amorável do coração, da mente e da alma, e força para o trabalho do Mestre. CE 217 1 Depois de havermos feito, mediante oração e energia santificada, tudo que podíamos em favor de nossas escolas, veremos a glória de Deus. Quando a prova tiver sido cabalmente concluída, haverá um bendito resultado. CE 217 2 Se promovido em espírito voluntário e liberal, Deus fará que o movimento em favor de nossas escolas seja um sucesso. Ele nos capacitará a fazer refluir o descrédito de que têm sido alvo nossas instituições educativas. Se todos assumirem o trabalho em espírito de abnegação por amor de Cristo e da verdade, não demorará muito antes que o cântico de jubileu da liberdade ecoe através de nossos limites. Não vos canseis de fazer o bem CE 217 3 Alegra-me que tenha havido tão harmonioso esforço para levar a cabo o propósito de Deus e tirar o máximo proveito de Sua providência. Este movimento para promover a circulação de Parábolas de Jesus é uma demonstração do que pode ser feito no campo da colportagem. Aos pastores, estudantes, pais, mães, moços e moças que se empenharam nesta obra, eu gostaria de dizer: Não permitais que o vosso interesse esmoreça. Seja esta boa obra levada avante firmemente, de modo perseverante e grandioso, até que o último débito seja removido de todas as nossas escolas e um fundo seja criado para o estabelecimento de escolas em campos importantes, onde haja grande necessidade de obra educativa. CE 217 4 Ao serem pastores e obreiros bíblicos chamados para outros trabalhos, que os membros de nossas igrejas lhes digam: "Ide para o trabalho que vos é indicado e promovei-o, e nós continuaremos a trabalhar para a promoção de Parábolas de Jesus e para a libertação de nossas escolas." Que ninguém entenda dever este trabalho parar com o especial movimento de 1900 e 1901. O campo jamais se esgota, e este livro deve ser vendido para ajudar nossas escolas nos anos futuros. CE 218 1 Tenhamos fé em Deus. Em Seu nome levemos avante Sua obra sem esmorecer. O trabalho para o qual Ele nos chamou será por Ele feito uma bênção para nós. E quando o Seu plano para alívio de nossas escolas tiver vingado, quando a obra indicada tiver sido completamente realizada, Ele nos dirá que fazer a seguir. CE 218 2 Por todo o tempo em que a mensagem de misericórdia tiver de ser dada ao mundo, haverá um chamado para esforço em favor de outras instituições e empreendimentos similares a este em favor de nossas escolas. E enquanto durar o tempo de graça, haverá oportunidade para que o colportor trabalhe. Quando as denominações religiosas se unirem com o papado para oprimirem o povo de Deus, lugares onde houver liberdade religiosa abrir-se-ão para a colportagem evangelística. Se em algum lugar a perseguição se tornar severa, façam os obreiros como Cristo ordenou: "Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra." Se nesta sobrevier a perseguição, procurem outro lugar ainda. Deus guiará o Seu povo, fazendo que seja uma bênção em muitos lugares. Não fora a perseguição, e não seriam tão vastamente espalhados para proclamar a verdade. E Cristo declara: "Não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem." Mateus 10:23. Até que no Céu seja dito: "Está consumado", haverá sempre lugares para trabalhar e corações para receber a mensagem. CE 218 3 Pelo que "não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido". Gálatas 6:9. ------------------------Capítulo 24 -- Aos professores de nossas escolas Queridos irmãos e irmãs: CE 219 1 O Senhor operará em favor de todos que andarem com Ele em humildade. Ele vos colocou numa posição de confiança. Andai cuidadosamente diante dEle. Deus tem a mão no leme. Ele guiará a nau por entre as rochas até o porto. Tomará as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. CE 219 2 Imploro que tomeis a Deus como vosso conselheiro. Não sois responsáveis perante homem algum, mas estais sob a direção de Deus. Mantende-vos junto dEle. Não tomeis idéias mundanas como vosso critério. Não vos afasteis dos métodos de trabalho do Senhor. Não useis fogo comum, mas sim o fogo sagrado da chama do Senhor. CE 219 3 Sede animosos em vosso trabalho. Por muitos anos tenho mantido diante de nosso povo a necessidade, na educação da juventude, de igual sobrecarga das faculdades físicas e as mentais. Mas àqueles que jamais provaram o valor da instrução dada para que se combinem o treino manual e o estudo dos livros, é difícil compreender as indicações dadas e levá-las a cabo. CE 219 4 Fazei o melhor que puderdes para partilhar com vossos estudantes as bênçãos que Deus vos tem dado. Com profundo e fervente desejo de ajudá-los, conduzi-os para o terreno do conhecimento. Aproximai-vos deles. A menos que os professores tenham o amor e a delicadeza de Cristo em abundância no coração, mostrarão demasiado do espírito de um senhor ríspido e dominador. CE 219 5 O Senhor deseja que aprendais como usar a rede do evangelho. Para que tenhais êxito em vosso trabalho, as malhas de vossa rede precisam estar bem unidas. A aplicação das Escrituras tem de ser de tal modo que o significado seja facilmente compreendido. Então fazei o máximo no recolher a rede. Ide direto ao ponto. Grande como possa ser o conhecimento de um homem, é de nenhum valor a menos que ele seja capaz de comunicá-lo a outros. Que o encanto de vossa voz, seu profundo sentimento, faça impressão nos corações. Apelai a vossos estudantes para que se entreguem a Deus. "Conservai-vos a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. E apiedai-vos de alguns, que estão duvidosos; e salvai a alguns arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne." Judas 21-23. Ao seguirdes o exemplo de Cristo, tereis a preciosa recompensa de ver vossos estudantes ganhos para Ele. Esforço viril CE 220 1 O Senhor Deus de Israel está ansioso por frutos. Ele reclama de Seus obreiros que se ramifiquem mais do que estão fazendo. Deseja que façam do mundo o seu campo de trabalho em vez de trabalhar apenas por nossas igrejas. O apóstolo Paulo ia de lugar em lugar, pregando a verdade aos que estavam nas trevas do erro. Ele trabalhou durante ano e meio em Corinto, e mostrou o caráter divino de sua missão ao levantar aí uma florescente igreja composta de judeus e de gentios. Cristo jamais limitou Seus labores a um só lugar. Nas vilas e cidades da Palestina reboavam as verdades que caíam de Seus lábios. Saudações de Cristo ao mundo CE 220 2 O Sermão da Montanha é a bênção do Céu ao mundo, uma voz vinda do trono de Deus. Foi dado à humanidade para que lhe fosse a lei do dever e a luz do Céu, sua esperança e consolação nos descoroçoamentos. Aqui o Príncipe dos pregadores, o Mestre por excelência, profere as palavras que o Pai Lhe entregou para referir. CE 221 1 As Bem-aventuranças são as saudações de Cristo, não somente aos que crêem, mas a toda a família humana. Jesus parece haver esquecido por um momento que Ele estava no mundo, não no Céu; e usa a saudação familiar do mundo da luz. As beatitudes fluem de Seus lábios como o jorro de uma corrente de vida há muito represada. CE 221 2 Cristo não nos deixa nenhuma dúvida quanto aos traços de caráter que Ele sempre reconhece e abençoa. Dos ambiciosos favoritos do mundo Ele Se volta para aqueles a quem eles renegam, declarando benditos os que recebem Sua luz e vida. Os pobres de espírito, os mansos, os humildes, os tristes, desprezados, perseguidos, a estes Ele abre os braços de refúgio, dizendo: "Vinde a Mim... e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. CE 221 3 Cristo pode olhar a infelicidade do mundo sem sombra de tristeza por haver criado o homem. No coração humano Ele vê mais do que pecado, mais do que miséria. Em Sua infinita sabedoria e amor Ele vê as possibilidades do homem, as alturas que ele pode alcançar. Sabe que, muito embora os seres humanos tenham malbaratado as mercês que lhes foram concedidas e destruído a dignidade que Deus lhes dera, deve ainda o Criador ser glorificado na redenção deles. CE 221 4 O Sermão do Monte é um exemplo de como devemos ensinar. Que cuidados Cristo tomou para fazer que os mistérios não mais fossem mistérios, mas verdades claras e singelas! Não há em Sua instrução nada vago, nada difícil de ser entendido. CE 221 5 "Abrindo a Sua boca, os ensinava." Mateus 5:2. Suas palavras não eram ditas num sussurro, nem eram Suas sentenças ríspidas e desagradáveis. Ele falava com clareza e ênfase, com força solene e convincente. CE 221 6 "E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou de Sua doutrina; porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas." Mateus 7:28, 29. CE 222 1 O estudo fervoroso e com oração do Sermão da Montanha preparar-nos-á para proclamar a verdade, para dar a outros a luz que temos recebido. Devemos primeiro ter cuidado de nós mesmos, recebendo com coração humilde os princípios da verdade e pondo-os em prática em perfeita obediência Isto produzirá gozo e paz. Deste modo comemos a carne e bebemos o sangue do Filho de Deus, e nos tornamos fortes em Sua força. Nossa vida é absorvida em Sua vida. Nosso espírito, nossas inclinações, nossos hábitos, são conformados à vontade dAquele de quem Deus declarou: "Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mateus 3:17. CE 222 2 Por todo o tempo as palavras que Cristo proferiu no monte das bem-aventuranças conservarão o seu poder. Cada sentença é uma jóia do depósito de tesouros da verdade. Os princípios enunciados neste discurso são para todas as eras e para todas as classes de pessoas. Com divina energia Cristo expressou Sua fé e esperança ao apresentar classe por classe como benditos por haverem adquirido caráter justo. Por viver a vida do Doador da vida, pela fé nEle, todos podem alcançar a norma indicada em Suas palavras. Não é tal conquista digna de permanente e incansável esforço? As perspectivas CE 222 3 Estamos nos aproximando do fim da história da Terra. Temos diante de nós uma grande obra, a tarefa final de dar a última mensagem de advertência a um mundo pecaminoso. Há homens que serão tirados do arado, da vinha, de vários ramos de trabalho, e enviados pelo Senhor para dar esta mensagem ao mundo. CE 223 1 O mundo encontra-se desconjuntado. Ao olharmos o quadro geral, a perspectiva parece desalentadora. Mas Cristo acena com preciosas promessas a todos os homens e mulheres que nos causam desencorajamento. Vê neles qualidades que os habilitarão a ocupar um lugar em Sua vinha. Se eles continuarem como aprendizes, por meio de Sua providência, Ele os tornará homens e mulheres capacitados a fazerem uma obra que não está fora de suas possibilidades; através da comunicação do Espírito Santo, dar-lhes-á poder de expressão. CE 223 2 Muitos campos áridos, não trabalhados, devem ser atingidos por iniciadores. A brilhante perspectiva do Campo mundial, como Jesus o viu, inspirará confiança em muitos obreiros que, se começarem em humildade, e puserem o coração na obra, serão considerados como os homens indicados para o tempo e lugar. Cristo vê todas as misérias e desesperações do mundo, a visão do qual deprimiria alguns dos nossos obreiros de grande capacidade com um sentimento de desânimo tão grande que eles não saberiam nem mesmo como começar a obra de guiar homens e mulheres ao primeiro lance da escada. Seus métodos formalistas são de pouco valor. Eles se colocariam sobre os lances mais baixos da escada, dizendo: "Subi onde estamos." Mas as pobres almas não saberiam onde colocar os pés. CE 223 3 O coração de Cristo é confortado pela visão daqueles que são pobres no mais lato sentido do termo; confortado por Sua visão daqueles que são maltratados, mas que são mansos; alegrado pelos aparentemente insatisfeitos e famintos pela justiça, pela incapacidade de muitos para começarem. Ele saúda por assim dizer o mesmo estado de coisas que desanimaria a muitos ministros. Ele corrige o nosso devotamento errôneo, dando o encargo da obra dos pobres e necessitados nos ásperos recantos da Terra, a homens e mulheres que possuem coração que pode sentir com os ignorantes e extraviados. O Senhor ensina a esses obreiros como encontrar aqueles a quem Ele deseja auxiliar. Eles serão encorajados ao verem as portas se lhes abrirem, ao penetrarem em lugares nos quais poderão fazer trabalho médico-missionário. Tendo pouca confiança própria, dão a Deus toda a glória. Suas mãos podem ser rústicas e inexperientes, mas o coração é suscetível à piedade; eles estão possuídos de um ardente desejo de fazer alguma coisa que possa aliviar o infortúnio tão intenso; e Cristo está ao seu lado para ajudá-los. Ele opera por meio daqueles que descobrem misericórdia na miséria, ganho na perda de todas as coisas. Quando a Luz do mundo passa, os privilégios aparecem em todas as adversidades, ordem na confusão, o sucesso e a sabedoria de Deus naquilo que parecia ser uma falha. CE 224 1 Meus irmãos e irmãs, aproximai-vos do povo em vosso ministério. Animai aqueles que estão abatidos. Considerai as calamidades como bênçãos disfarçadas, os infortúnios como mercês. Agi de maneira que desperteis confiança em lugar de desespero. CE 224 2 O povo comum deve ocupar seus lugares como obreiros. Compartilhando as dores de seus semelhantes da mesma maneira que o Salvador participou das da humanidade, vê-Lo-ão pela fé, trabalhando juntamente com eles. CE 224 3 "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso." Sofonias 1:14. Eu desejo bradar a todo obreiro: Avançai em fé humilde, e o Senhor será convosco. Mas velai em oração. Esta é a ciência de vosso labor. O poder é de Deus. Trabalhai sentindo vossa dependência dEle, lembrando-vos de que sois Seus coobreiros. Ele é vosso ajudador. Vossa força dEle vem. Ele será vossa sabedoria, vossa justiça, vossa santificação, vossa redenção. Tomai o jugo de Cristo, aprendendo diariamente dEle a mansidão e a humildade. Ele será vosso conforto, vosso descanso. Poder do alto CE 225 1 A divina dotação -- o poder do Espírito Santo -- será concedida hoje a todos que procuram o que é direito, como foi dada aos discípulos. Este poder sozinho é capaz de nos tornar sábios para a salvação e de nos capacitar para as cortes do alto. Cristo deseja conceder-nos uma bênção que nos fará santos. "Tenho-vos dito isto, para que o Meu gozo permaneça em vós", Ele diz, "e o vosso gozo seja completo." João 15:11. Gozo no Espírito Santo é gozo que produz vida, que dá saúde. Ao dar-nos o Seu Espírito, Deus nos dá a Si mesmo, fazendo-Se uma fonte de divinas influências para propiciar saúde e vida ao mundo. CE 225 2 Ao outorgar Deus tão liberalmente os Seus dons a vós, lembrai-vos de que é para que possais retorná-los ao Doador, multiplicados ao serem repartidos. Levai à vida de outros luz, gozo e paz. Cada dia necessitamos da disciplina da humilhação própria, a fim de estarmos preparados para receber o dom celestial, não para armazená-lo, não para roubar aos filhos de Deus a Sua bênção, mas para dá-lo em toda a sua rica plenitude a outros. Quando necessitamos mais do que agora de um coração aberto para receber, com dores, por assim dizer, em anseios por repartir? CE 225 3 Estamos por dever obrigados a retirar em grande medida do depósito do divino conhecimento. Deus deseja que recebamos muito, a fim de podermos repartir muito. Ele deseja que sejamos canais por cujo intermédio Ele possa repartir ricamente de Sua graça ao mundo. CE 225 4 Que a sinceridade e a fé caracterizem vossas orações. O Senhor está desejoso de fazer por nós "muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos". Efésios 3:20. Falai sobre isto; orai sobre isto. Não faleis de incredulidade. Não podemos permitir Satanás veja que tem poder para sombrear nossa fisionomia e acarretar tristeza a nossa vida. CE 226 1 Orai em fé. E assegurai-vos de que vossa vida foi posta em harmonia com vossas petições, a fim de poderdes receber as bênçãos pelas quais orastes. Não deixeis que vossa fé se enfraqueça, pois as bênçãos recebidas são proporcionais à fé demonstrada "Seja feito segundo a vossa fé." "Tudo quanto pedirdes em Meu nome, crendo, recebereis." Mateus 9:29; 21:22. Orai, crede, regozijai-vos. Cantai louvores a Deus por haver Ele respondido a vossas orações. Pegai-O em Sua palavra "Fiel é o que prometeu." Hebreus 10:23. Nenhuma súplica sincera é perdida. O conduto está aberto; a corrente está fluindo, consigo levando propriedades curativas e despejando uma restauradora torrente de saúde, vida e salvação. CE 226 2 A cada professor é dado o sagrado privilégio de representar a Cristo. E ao apegarem-se os professores a isto, podem nutrir a tranqüilizadora convicção de que o Salvador está bem ao seu lado, dando-lhes palavras que profiram por Ele, e indicando modos pelos quais possam mostrar Sua excelência. CE 226 3 Os professores enfrentam muitas provas. Sofrem a pressão do desânimo ao verem que seus esforços nem sempre são apreciados pelos alunos. Satanás insiste em afligi-los com enfermidades do corpo, esperando levá-los a murmurar contra Deus, a esquecer Sua bondade, Sua misericórdia, Seu amor e o eterno peso de glória que aguarda o vencedor. Lembrem-se eles de que mediante a provação Deus os está conduzindo a mais perfeita confiança nEle. Seus olhos estão sobre eles, e se em sua perplexidade olharem para Ele em fé, Ele os tirará da fornalha refinados e purificados como ouro provado no fogo. Ele permite que lhes sobrevenham provas a fim de levá-los para mais perto de Si, mas não coloca sobre eles fardo algum maior do que sejam capazes de suportar. E Ele declara: "Não te deixarei, nem te desampararei." Hebreus 13:5. Está sempre pronto a livrar os que nEle confiam. Que o professor pressionado, duramente provado, diga: "Ainda que Ele me mate, nEle confiarei." "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação." Jó 13:15; Habacuque 3:17, 18. CE 227 1 Alunos, cooperai com os vossos professores. Assim fazendo, dais-lhes ânimo e esperança. Sois-lhes um auxílio, ao mesmo tempo que vos ajudais a vós mesmos a progredir. Lembrai-vos de que depende em grande parte de vós o se colocarem os vossos professores vantajosamente, o ser a sua obra um reconhecido êxito. Tendes de ser discípulos no mais alto sentido da palavra, vendo por trás do mestre o próprio Deus, e o mestre cooperando com Ele. CE 227 2 Estão passando rapidamente as vossas oportunidades de trabalhar. Não tendes tempo a gastar em vos comprazer a vós mesmos. Unicamente vos esforçando com diligência em busca de êxito, conseguireis a verdadeira felicidade. Preciosas são as oportunidades a vós oferecidas durante o tempo que passais na escola. Tornai a vida de estudante o mais perfeita possível. Não percorrereis esse caminho senão uma única vez. E de vós depende que esse trabalho seja um êxito ou um fracasso. Ao serdes bem-sucedidos na obtenção de conhecimento bíblico, estais acumulando tesouros para distribuir. CE 227 3 Se tendes um colega atrasado, explicai-lhe a lição que não compreende. Isto ajudará vossa própria compreensão. Empregai palavras simples; exponde as idéias em linguagem clara e fácil. CE 227 4 Ajudando ao colega, estais sendo útil aos professores. E muitas vezes alguém cuja mente parece tardia, apreenderá mais depressa as idéias de um condiscípulo, que de um professor. Esta é a cooperação que Cristo louva. O grande Mestre vos está ao lado, auxiliando-vos a ajudar aquele que está mais atrasado. CE 228 1 Talvez tenhais, em vossa vida escolar, oportunidades de falar ao pobre e ao ignorante, das maravilhosas verdades da Palavra de Deus. Aproveitai todo ensejo de o fazer. O Senhor abençoará cada momento assim passado. CE 228 2 Estamos vivendo num tempo em que Satanás está operando com todo o seu poder para desencorajar e derrotar os que estão trabalhando no serviço de Deus. Mas nós não precisamos falhar nem nos deixarmos desanimar. Precisamos demonstrar maior fé em Deus. Devemos confiar em Sua palavra viva. A menos que tenhamos mais firme sustentáculo de cima, jamais seremos capazes de competir com os poderes das trevas, que serão vistos e sentidos em cada setor da obra. CE 228 3 As cisternas da Terra muitas vezes estarão vazias e seus reservatórios secos; mas em Cristo há uma fonte viva da qual podemos tirar continuamente. Não importa quanto tiremos e demos a outros, a abundância permanecerá. Não há perigo de que o suprimento se esgote; pois Cristo é a inesgotável fonte da verdade. CE 228 4 A ética inculcada pelo evangelho não reconhece outra norma que não a perfeição da mente e da vontade de Deus. Todos os justos atributos do caráter residem em Deus como um todo harmonioso e perfeito. Todo aquele que recebe a Cristo como seu Salvador pessoal tem o privilégio de possuir esses atributos. Esta é uma ciência de santidade. ------------------------Capítulo 25 -- O Espírito Santo em nossas escolas CE 229 1 Cooranbong, N. S. W., 10 de Maio de 1896, Peço aos que estais vivendo no próprio coração da obra que recapituleis as experiências de anos e vejais se o "bem está" pode com justiça ser dito a vosso respeito. Convido os professores em nossas escolas a considerarem cuidadosamente e com oração: Tenho individualmente vigiado minha própria alma como quem está cooperando com Deus para a purificação de todos os seus pecados e de sua inteira santificação? Podeis por preceito e exemplo ensinar aos jovens santificação, por meio da verdade, para a santidade? CE 229 2 Não tendes tido receio do Espírito de Deus? Às vezes este Espírito tem vindo com a mais completa e penetrante influência à escola de Battle Creek e de outros lugares. Reconhecestes Sua presença? Atribuístes-Lhe a honra devida a um mensageiro celestial? Quando parecia estar o Espírito lutando com os jovens, dissestes: "Ponhamos de lado todo estudo, pois é evidente que temos entre nós um Hóspede celestial. Demos glória a Deus"? Com o coração contrito, inclinastes-vos em oração com vossos estudantes, suplicando o poder receber as bênçãos que o Senhor vos estava apresentando? CE 229 3 O Grande Mestre em Pessoa estava entre vós. Vós O haveis honrado? Era Ele um estranho para alguns dos educadores? Houve necessidade de mandar buscar alguém supostamente autorizado para saudar ou repelir este mensageiro do Céu? Embora invisível, Sua presença estava entre vós. Mas não foi expresso o pensamento de que na escola o tempo deve ser dedicado ao estudo, e que para tudo havia o momento oportuno, como se as horas dedicadas ao estudo comum fossem demasiado preciosas para serem abandonadas em favor da operação do mensageiro celestial? CE 230 1 Se houverdes de algum modo restringido ou repelido o Espírito Santo, eu vos rogo a que vos arrependais tão depressa quanto possível. Se qualquer de nossos professores não abriu a porta do coração para o Espírito de Deus, mas tem-na fechado e aferrolhado, eu lhe suplico que abra a porta e ore com fervor: "Fica comigo." Quando o Espírito Santo revela Sua presença em vossas salas de aula, dizei a vossos estudantes: "O Senhor indica que tem para nós hoje uma lição de origem celestial, de mais valor do que nossas lições de ordem comum. Ouçamos: curvemo-nos diante de Deus e busquemo-Lo de todo coração." CE 230 2 Permiti que vos fale do que sei sobre este Visitante celestial. O Espírito Santo pairava sobre os jovens durante as horas escolares; mas alguns corações eram tão frios e entenebrecidos que não tinham qualquer desejo da presença do Espírito, e a luz de Deus foi retirada. O celestial Visitante teria aberto todo entendimento, teria dado sabedoria e conhecimento em todos os aspectos do estudo que pudessem ser empregados para a glória de Deus. O Mensageiro do Senhor veio para convencer do pecado e abrandar os corações endurecidos pelo longo afastamento de Deus. Veio para revelar o grande amor que Deus dispensava àqueles jovens. Eles são a herança de Deus, e os educadores necessitam "a mais elevada educação" antes de estarem qualificados para ser professores e guias da juventude. CE 230 3 O professor pode saber muita coisa em relação ao Universo físico; ele pode saber tudo sobre a estrutura das coisas vivas, sobre as invenções da arte mecânica, as descobertas da ciência natural; mas não pode ser tido por instruído a menos que tenha o conhecimento do único Deus verdadeiro e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Um princípio de origem divina precisa permear nossa conduta e vincular-nos a Deus. Isto não será de modo algum um empecilho ao estudo da Ciência verdadeira. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o homem que consente em ser moldado e talhado segundo a semelhança divina é o mais nobre exemplo da obra de Deus. Todos os que vivem em comunhão com nosso Criador terão a compreensão de Seu desígnio na criação deles, e compreenderão que Deus os faz responsáveis pelo emprego de suas faculdades para o melhor propósito. Eles procurarão nem glorificar e nem depreciar a si mesmos. A vontade de Deus a nosso respeito CE 231 1 O conhecimento de Deus é obtido em Sua Palavra. O conhecimento experimental da verdadeira piedade, encontrado na consagração diária e no serviço, garantem-nos a mais elevada cultura do corpo, da mente e da alma. Esta consagração de todas as nossas faculdades a Deus previne a exaltação própria. A comunicação do poder divino credita nosso sincero esforço em busca da sabedoria que nos capacitará a usar nossas mais elevadas faculdades de modo que honrem a Deus e beneficiem nossos semelhantes. Sendo essas faculdades derivadas de Deus, e não de criação própria, serão apreciadas como talentos oriundos de Deus para serem empregados em Seu serviço. CE 231 2 As faculdades da mente confiadas pelo Céu devem ser tratadas como as mais elevadas, destinadas a reger o reino do corpo. O apetite natural e as paixões devem ser postos sob o controle da consciência e das faculdades espirituais. CE 231 3 A religião de Cristo jamais degrada o que a recebe; ela nunca o torna ríspido ou rude, descortês ou pretensioso, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, ela refina o gosto, santifica o discernimento, e purifica e enobrece os pensamentos, levando-os cativos a Cristo. O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que o possa conceber o mais elevado pensamento humano. Em Sua santa lei Ele deu um translato do Seu caráter. CE 232 1 Cristo é o maior Mestre que o mundo já conheceu. E qual é a norma que Ele coloca ante todos que nEle crêem? "Sede, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:48. Como Deus é perfeito em Sua esfera, assim pode o homem ser perfeito na sua. CE 232 2 O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Acha-se aberta diante de nós uma senda de progresso contínuo. Temos um objetivo a atingir, uma norma a alcançar, a qual inclui tudo que é bom, puro, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para diante e para cima, rumo à perfeição do caráter. CE 232 3 Paulo diz: "Quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e essa é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:13, 14. CE 232 4 Esta é a vontade de Deus para com os seres humanos, sua própria santificação. Ao apressar nosso caminho para cima, rumo ao Céu, cada faculdade deve ser conservada na mais saudável condição, preparada para fiel serviço. As faculdades com que Deus dotou o homem devem ser ampliadas. "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27. O homem não tem possibilidade de fazer isto por si mesmo; ele precisa do auxílio divino. Que parte deve o instrumento humano desempenhar? "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. CE 232 5 Sem a divina operação, o homem não poderia fazer bem algum. Deus convida todo homem a arrepender-se, embora este não possa nem mesmo se arrepender a menos que o Espírito Santo opere em seu coração. Mas o Senhor não deseja que homem algum espere até achar que se arrependeu antes de iniciar os passos em direção a Jesus. O Salvador está continuamente atraindo os homens para o arrependimento; tudo que eles precisam fazer é deixar-se atrair, e o seu coração se desmanchará em penitência. CE 233 1 Ao homem é permitido desempenhar uma parte nesta grande luta pela vida eterna; ele deve responder à operação do Espírito Santo. Será preciso travar uma batalha para penetrar as defesas das forças das trevas, e o Espírito opera na pessoa para realizar isto. Mas o homem não é um ser passivo, que deva ser salvo na indolência. Ele é chamado a exercitar e a pôr em ação cada músculo e cada uma de suas faculdades na luta pela imortalidade; todavia é Deus quem supre a eficiência Nenhum ser humano pode ser salvo na indolência. O Senhor nos ordena: "Porfiai por entrar pela porta estreita; porque Eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão." "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." Lucas 13:24; Mateus 7:13, 14. Trabalhando contra o Espírito Santo CE 233 2 Apelo aos estudantes em nossas escolas a que sejam sóbrios. A frivolidade da juventude não é agradável a Deus. Seus esportes e jogos abrem a porta a um dilúvio de tentações. Em vossas faculdades intelectuais estais na posse de dotação celestial, e não deveis permitir que vossos pensamentos sejam baixos, rasteiros. O caráter formado segundo os preceitos da Palavra de Deus revelará princípios firmes, nobres e puras aspirações. Quando o Espírito Santo coopera com as faculdades da mente humana, altos e santos impulsos são o resultado certo. ... CE 233 3 Deus vê aquilo que os cegados olhos dos educadores não logram discernir, isto é, que imoralidade de toda espécie está procurando dominar, está trabalhando contra as manifestações do poder do Espírito Santo. Conversação banal e idéias vis e pervertidas são entretecidas na textura do caráter. CE 234 1 Reuniões para a fruição de prazeres frívolos e mundanos, ajuntamentos para comer, beber e cantar, são inspirados por um espírito inferior. Representam uma oferenda a Satanás. Exibições desenfreadas de bicicleta são ofensa a Deus. Sua ira está inflamada contra os que fazem tais coisas. Nessas satisfações pessoais a mente se torna atoleimada, como ocorre com a embriaguez. A porta é aberta para associações vulgares. Os pensamentos, autorizados a correr por um canal de baixo nível, logo pervertem todas as faculdades do ser. Como o Israel do passado, os amantes dos prazeres comem e bebem, e se levantam para folgar. Há risos e bebedices, gritaria e farra. Em tudo isto os jovens seguem o exemplo dos autores dos livros postos em suas mãos para estudo. O maior de todos os males é o permanente efeito que essas coisas exercem sobre o caráter. CE 234 2 Os que têm a liderança nestas coisas acarretam sobre a causa uma mácula não facilmente extinguível. Eles ferem sua própria alma, e por toda a vida levarão a cicatriz. Os que fazem o mal podem ver os seus pecados e se arrependerem; Deus pode perdoar o transgressor; mas as faculdades de discernimento, que devem ser mantidas sempre agudas e sensíveis para distinguir entre o santo e o profano, são em grande parte destruídas. Muitas vezes os artifícios e a imaginação humanos são aceitos como divinos. Algumas almas agirão em cegueira e insensibilidade, prontas para apreender os sentimentos vis, comuns e até infiéis, ao mesmo tempo que se voltam contra as demonstrações do Espírito Santo. ------------------------Capítulo 26 -- O falso e o verdadeiro na educação CE 235 1 A cabeça dominante na confederação do mal trabalha continuamente para conservar longe de vistas as palavras de Deus, pondo ao contrário em foco as opiniões dos homens. Ele quer que não ouçamos a voz de Deus dizendo: "Este é o caminho, andai nele." Isaías 30:21. Mediante pervertidos processos educativos está ele fazendo o possível para obscurecer a luz celeste. Especulações filosóficas CE 235 2 Especulações filosóficas e pesquisas científicas em que Deus não é reconhecido, estão tornando cépticos a milhares. Nas escolas de hoje são cuidadosamente ensinadas e amplamente expostas as conclusões a que os doutos têm chegado em resultado de suas investigações científicas; por outro lado é francamente dada a impressão de que, se esses homens estão certos, não o pode estar a Bíblia. O cepticismo exerce atração sobre o espírito humano. A mocidade nele vê uma independência que lhe seduz a imaginação, e é iludida. Satanás triunfa. Ele alimenta toda semente de dúvida lançada no coração juvenil. Faz com que ela cresça e dê frutos, e dentro em pouco é colhida farta messe de incredulidade. CE 235 3 É por ser o coração humano tão inclinado ao mal, que tão perigoso é semear o cepticismo nos espíritos jovens. Seja o que for que enfraqueça a fé em Deus, rouba a alma do poder de resistir à tentação. Remove a única salvaguarda real contra o pecado. CE 235 4 Não devemos estabelecer colégios de filosofia escolástica ou no interesse da chamada "elevada educação". Nossa grandeza consiste em honrar a Deus mediante a experiência prática, simples, na vida diária. Necessitamos andar com Deus, introduzi-Lo em nosso coração e em nossos lares. Autores incrédulos CE 236 1 Para educar-se julgam muitos ser essencial estudar os escritos dos autores incrédulos, visto essas obras conterem muitas brilhantes gemas de pensamento. Quem foi, porém, o autor dessas jóias de pensamento? -- Deus, e Ele unicamente. É Ele a fonte de toda luz. Por que haveríamos então de vadear pela massa de erros contidos nas obras dos incrédulos, por amor de algumas verdades intelectuais, quando temos a verdade toda à nossa disposição? CE 236 2 Como é que os homens que se acham em guerra com o governo de Deus chegam a ficar de posse da sabedoria que por vezes manifestam? O próprio Satanás foi educado nas cortes celestes, e tem o conhecimento do bem da mesma maneira que do mal. Mistura o precioso com o vil, e é isto que o habilita a enganar. Mas pelo fato de se haver Satanás revestido de roupagens de celeste esplendor, havemos de recebê-lo como anjo de luz? O tentador tem agentes, educados segundo seus métodos, inspirados por seu espírito, e adaptados à sua obra. Cooperaremos nós com eles? Receberemos as obras desses instrumentos como essenciais à educação que desejamos obter? CE 236 3 "Quem do imundo tirará o puro? Ninguém." Jó 14:4. Podemos então esperar que jovens mantenham princípios cristãos e adquiram caráter cristão enquanto sua educação é grandemente influenciada pelos ensinos de pagãos, ateus e infiéis? CE 236 4 Se o tempo e os esforços despendidos em buscar aprender as luminosas idéias dos incrédulos fossem consagrados a estudar as preciosidades da Palavra de Deus, milhares dos que agora se acham assentados em trevas e sombras de morte se estariam regozijando na glória da Luz da vida. Saber histórico e teológico CE 237 1 Julgam muitos ser essencial, como preparo para a obra cristã, adquirir amplos conhecimentos dos escritos históricos e teológicos. Supõem que esse conhecimento lhes será de utilidade no ensino do evangelho. Mas seu laborioso estudo das opiniões dos homens tende a enfraquecer-lhes o ministério, em vez de o avigorar. Quando vejo bibliotecas cheias de alentados volumes de conhecimentos de história e teologia, penso: por que gastar dinheiro naquilo que não é pão? O sexto capítulo de João nos diz mais do que se pode encontrar em tais obras. Cristo diz: "Eu sou o pão da vida." "As palavras que Eu vos disse são Espírito e vida". João 6:35, 51, 47, 63. CE 237 2 Há um estudo de história que não é condenável. A história sagrada era um dos estudos das escolas dos profetas. No registro de Seu trato com as nações, foram delineadas as pegadas de Jeová. Assim, hoje em dia cumpre-nos considerar Seu trato com as nações da Terra. Devemos ver na História o cumprimento da profecia, estudar as operações da Providência nos grandes movimentos reformatórios, e entender o progresso dos acontecimentos ao ver as nações mobilizando-se para o final combate do grande conflito. CE 237 3 Com demasiada frequência o motivo de acumular esses muitos livros não é tanto o desejo de obter alimento para a mente e a alma, como a ambição de se relacionar com os filósofos e teólogos, o desejo de apresentar ao povo o Cristianismo em termos e frases eruditos. CE 237 4 "Aprendei de Mim", disse o grande Mestre. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração." Vosso orgulho intelectual não vos ajudará em comunicar com as almas que estão perecendo por falta do pão da vida. Em vosso estudo desses livros, estais permitindo que eles tomem o lugar das lições práticas que devíeis estar aprendendo de Cristo. O povo não se alimenta com os resultados deste estudo. Bem pouco das pesquisas tão fatigantes para a mente proporciona qualquer coisa de valioso para alguém se tornar um bem-sucedido obreiro em favor de almas. CE 238 1 Homens e mulheres que gastam a vida em trabalhos comuns, humildes, necessitam de palavras tão simples como as que Cristo usou em Suas lições, palavras que sejam facilmente entendidas. O Salvador veio para "pregar o evangelho aos pobres". E está escrito que o povo simples ouvia-O "com alegria". Os que estão ensinando a verdade para este tempo necessitam de mais profundo discernimento das lições que Ele apresentou. CE 238 2 As palavras do Deus vivo constituem a educação mais elevada. As frases estudadas destinadas a satisfazer o gosto de pessoas supostamente refinadas, não alcançam o seu objetivo. Os que ministram ao povo precisam comer do pão da vida. Isto lhes dará vigor espiritual; estarão assim preparados para ajudar a todas as classes de gente. A piedade, a energia espiritual da igreja, é mantida pelo alimentar-se do pão que desceu do Céu. Devemos aprender aos pés de Jesus a simplicidade da verdadeira piedade. Mito e contos de fadas CE 238 3 Na educação das crianças e dos jovens dá-se agora importante lugar aos contos de fadas, mitos e histórias imaginárias. Usam-se nas escolas livros desta natureza, que se encontram também em muitos lares. Como podem pais cristãos permitir que seus filhos usem livros tão cheios de mentiras? Quando as crianças pedem a explicação de histórias tão contrárias aos ensinos recebidos de seus pais, a resposta é que essas histórias não são verdadeiras; mas isto não dissipa os maus resultados do seu uso. As idéias apresentadas nesses livros desencaminham as crianças. Comunicam falsas idéias da vida, suscitando e nutrindo o desejo pelo irreal. CE 239 1 O vasto uso desses livros em nossos dias, é uma das astutas maquinações de Satanás. Ele está procurando desviar a mente, tanto de velhos como de moços, da grande obra da formação do caráter. Pretende que nossas crianças e jovens sejam devastados pelos enganos destruidores da alma com que ele está enchendo o mundo. Portanto, busca desviar-lhes a mente da Palavra de Deus, impedindo-os assim de obter o conhecimento das verdades que os salvaguardariam. CE 239 2 Nunca devem ser colocados nas mãos da infância e da juventude livros que contenham uma perversão da verdade. Se os de espírito amadurecido nada tiverem que ver com tais livros, achar-se-ão, mesmo eles, muito mais a salvo. Uma fonte mais pura CE 239 3 Temos abundância do que é real, o que é divino. Os que têm sede de conhecimento não precisam recorrer a fontes poluídas. CE 239 4 Cristo apresentou os princípios da verdade no evangelho. Podemos, em Seus ensinos, beber das puras correntes que manam do trono de Deus. CE 239 5 Cristo poderia haver comunicado aos homens conhecimentos que ultrapassariam a quaisquer revelações anteriores, deixando para trás todas as outras descobertas. Poderia haver descerrado mistério após mistério, e fazer concentrar em torno dessas maravilhosas revelações o ativo e diligente pensamento das sucessivas gerações até ao fim do tempo. Do ensino da ciência da salvação, não tirou um momento. Seu tempo, Suas faculdades e Sua vida só eram apreciadas e empregadas em prol da salvação das almas humanas. Ele viera buscar e salvar o que se tinha perdido, e não Se desviaria de Seu propósito. Não permitiria que coisa alguma O distraísse. CE 240 1 Cristo só comunicava o conhecimento que podia ser utilizado. As instruções que dava ao povo, limitavam-se às próprias necessidades que tinham na vida prática. À curiosidade que os levava a ir ter com Ele com indagadoras perguntas, não satisfazia. Todas essas perguntas tornava Ele em ocasiões para solenes, fervorosos e vitais apelos. Aos que se mostravam tão ansiosos de colher da árvore do conhecimento, oferecia o fruto da árvore da vida. Encontravam cerrados todos os caminhos que não fossem aqueles que conduzem a Deus. Fechadas estavam todas as fontes, a não ser a da vida eterna. CE 240 2 Nosso Salvador não animava ninguém a freqüentar as escolas dos rabinos de Sua época, pela razão de que a mente se corromperia com o continuamente repetido: "Dizem", ou: "Foi dito". Como, pois, devemos nós aceitar as instáveis palavras humanas como exaltada sabedoria, quando se encontra ao nosso alcance uma sabedoria maior e infalível? CE 240 3 O que tenho visto das coisas eternas, bem como o que hei testemunhado da fraqueza da humanidade, tem-me impressionado profundamente o espírito e influenciado a obra de minha vida. Nada vejo por que seja o homem louvado ou glorificado. Não vejo razão alguma para que as opiniões dos sábios mundanos e dos chamados grandes homens devam merecer confiança e ser exaltadas. Como podem aqueles que se acham destituídos de divina iluminação possuir idéias acertadas quanto aos planos e aos caminhos de Deus? CE 240 4 Prefiramos ser instruídos por Aquele que criou os céus e a Terra, que pôs por ordem as estrelas no firmamento, e ao Sol e à Lua designou a sua obra. Eu não preciso recorrer a autores infiéis. Prefiro ser ensinada por Deus. Educação do coração CE 241 1 É justo que a mocidade sinta dever atingir o mais alto desenvolvimento das faculdades mentais. Não quereríamos restringir a educação a que Deus não pôs limites. Mas nossas consecuções de nada valerão se não forem utilizadas para honra de Deus e bem da humanidade. A menos que o nosso conhecimento sejam degraus para a conquista dos propósitos mais elevados, é de nenhum valor. CE 241 2 O que necessitamos é o conhecimento que fortaleça a mente e a alma, que nos faça melhores homens e mulheres. CE 241 3 A educação do coração é mais importante do que a educação obtida em livros. É bom, e até mesmo essencial, obter o conhecimento do mundo em que vivemos; mas se deixarmos a eternidade fora de nossos cálculos, cairemos numa falha da qual jamais nos recuperaremos. CE 241 4 Não é bom sobrecarregar a mente de estudos que exigem intensa aplicação, mas que não são introduzidos na vida prática. Tal educação será prejudicial ao estudante. Pois esses estudantes diminuem o desejo e a inclinação para aqueles outros que o habilitariam a ser útil, e tornariam capaz de se desempenhar de suas responsabilidades. CE 241 5 Se a mocidade compreendesse a própria fraqueza, buscaria em Deus a sua força. Se buscarem ser ensinados por Ele, tornar-se-ão sábios em Sua sabedoria, a vida lhes será frutífera em bênçãos para o mundo. Se, porém, dedicarem a mente a mero estudo especulativo e mundano, separando-se assim de Deus, perderão tudo quanto enriquece a vida. ------------------------Capítulo 27 -- A importância de buscar o verdadeiro conhecimento CE 242 1 Precisamos compreender muito mais do que o fazemos, os resultados que se acham em jogo no conflito em que estamos empenhados. Precisamos entender mais plenamente o valor das verdades que Deus deu para este tempo, e o perigo que há em permitir que o espírito seja pelo grande enganador desviado delas. CE 242 2 O valor infinito do sacrifício que se tornou necessário para nossa redenção revela ser o pecado um mal tremendo. Pelo pecado se desarranja todo o organismo humano, se perverte o espírito, se corrompe a imaginação. O pecado degradou as faculdades da alma. As tentações de fora encontram no coração uma corda que responde, e os pés se volvem imperceptivelmente para o mal. CE 242 3 Como o sacrifício em nosso favor foi completo, assim deve ser completa nossa restauração da mancha do pecado. Não existe nenhum ato de impiedade que a lei escuse; nenhum ímpio existe que escape à sua condenação. A vida de Cristo foi um cumprimento perfeito de cada preceito da lei. Disse Ele: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. Sua vida é nosso padrão de obediência e serviço. CE 242 4 Deus, unicamente, é capaz de renovar o coração. "Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:13. É-nos, porém, ordenado: "Operai a vossa salvação com temor e tremor." Filipenses 2:12. A obra que requer nosso pensamento CE 242 5 Não é por alguns poucos de esforços débeis e intermitentes que se podem endireitar erros ou operar reformas de caráter. A santificação é obra não de um dia, ou de um ano, mas de toda uma vida. A luta pela conquista do próprio eu, da santidade e do Céu, é uma luta que dura a vida toda. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver avançamento na vida divina, nem o alcance da coroa do vencedor. CE 243 1 A mais forte prova da queda do homem de uma condição elevada é o fato de lhe custar tanto voltar. O caminho de retorno só pode ser vencido por duras lutas, polegada a polegada, a toda hora. Por um momentâneo ato da vontade pode alguém colocar-se sob o domínio do mal; mas requer mais do que um momentâneo ato de vontade partir esses grilhões e alcançar uma vida mais elevada, mais santa. Pode estar formulado o propósito, iniciada a obra; mas sua realização exigirá labor, tempo e perseverança, paciência e sacrifício. CE 243 2 Assediados de tentações sem número, temos de resistir firmemente ou seremos vencidos. Se chegarmos ao fim da vida com nossa obra ainda por fazer, será isso uma perda eterna. CE 243 3 A santificação de Paulo era resultado de um constante conflito com o próprio eu. Disse ele: "Cada dia morro." 1 Coríntios 15:31. Sua vontade e seus desejos combatiam diariamente contra o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação, ele cumpria a vontade de Deus, por mais que isso representasse a crucifixão de sua própria natureza. CE 243 4 Deus guia o Seu povo passo a passo. A vida do cristão é uma peleja e uma marcha. Nessa guerra não há revezamento; o esforço tem de ser contínuo e perseverante. É pelo esforço incessante que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. A integridade cristã tem de ser buscada com energia irresistível, e mantida com resoluta fixidade de propósito. CE 243 5 Ninguém se elevará sem rijo, perseverante esforço em favor de si mesmo. Todos têm de empenhar-se por si mesmos nessa peleja. Individualmente somos responsáveis pelo resultado da luta; ainda que Noé, Jó e Daniel aqui estivessem, não poderiam por sua justiça livrar nem o filho nem a filha. A ciência que devemos possuir CE 244 1 Há uma ciência do cristianismo por ser conquistada -- uma ciência tanto mais profunda, mais ampla, mais alta do que qualquer ciência humana quanto os céus são mais elevados do que a Terra. A mente tem de ser disciplinada, educada, treinada; pois devemos prestar serviço a Deus por maneiras que não se acham em harmonia com a inclinação inata. Há tendências para o mal, hereditárias e cultivadas, que têm de ser vencidas. Muitas vezes o preparo e educação de toda uma vida têm de ser rejeitados, a fim de que a pessoa se torne discípulo na escola de Cristo. Nosso coração tem de ser educado de modo que se torne firme em Deus. Devemos formar hábitos de pensamento que nos habilitem a resistir à tentação. Precisamos aprender a olhar para cima. Os princípios da Palavra de Deus -- princípios que são elevados como o céu e que abrangem a eternidade -- devemos compreendê-los em seus efeitos sobre nossa vida diária. Cada ato, cada palavra, cada pensamento deve estar de acordo com esses princípios. CE 244 2 As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Coragem, fortaleza, mansidão, fé, inabalável confiança no poder de Deus para salvar, são adquiridos pela experiência de anos. Por uma vida de santo esforço e firme adesão ao direito, devem os filhos de Deus determinar o seu destino. Não há tempo a perder CE 244 3 Não temos tempo a perder. Não sabemos quão cedo poderá terminar para nós o tempo de graça. A eternidade estende-se diante de nós. O véu está para ser erguido. Cristo virá logo. Os anjos de Deus procuram desviar nosso pensamento de nós mesmos e das coisas terrenas. Que eles não trabalhem em vão. CE 245 1 Quando Jesus Se erguer no lugar santíssimo, depuser Suas vestes de mediador e vestir os trajos de vingança, expedir-se-á a ordem: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; ... e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:11, 12. CE 245 2 Vem uma tempestade, implacável em sua fúria. Estamos preparados para enfrentá-la? CE 245 3 Não precisamos mais dizer: Os perigos dos últimos dias em breve nos sobrevirão. Eles já chegaram. Precisamos que a espada do Senhor agora penetre até à própria alma e medula das concupiscências, apetites e paixões da carne. CE 245 4 As mentes que se têm entregue a pensamentos frouxos, precisam transformar-se. "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." 1 Pedro 1:13-16. Os pensamentos têm de centralizar-se em Deus. É agora a ocasião de envidar um esforço fervoroso a fim de vencer as tendências naturais do coração carnal. CE 245 5 Nossos esforços, nossa abnegação, nossa perseverança, têm de ser proporcionais ao valor infinito do objeto que buscamos. Unicamente vencendo como Cristo venceu havemos de alcançar a coroa da vida. A necessidade de renúncia CE 245 6 O grande perigo do homem está em enganar-se a si mesmo, incorrendo em presunção e separando-se assim de Deus, a fonte de sua força. Nossas tendências naturais, a menos que sejam corrigidas pelo santo Espírito de Deus, têm em si as sementes da morte moral. A menos que estejamos vitalmente ligados com Deus, não poderemos resistir aos profanos efeitos do amor-próprio, da condescendência-própria, e da tentação para pecar. CE 246 1 Para receber auxílio de Cristo é preciso que reconheçamos nossa necessidade. Precisamos ter um real conhecimento de nós mesmos. Unicamente aquele que se conhece como um pecador é que Cristo pode salvar. Unicamente quando vemos nosso completo desamparo e renunciamos a toda a confiança-própria é que nos apegaremos ao poder divino. CE 246 2 Não é só no princípio da vida cristã que deve ser praticada esta renúncia. A cada passo de avanço rumo ao Céu deve ela ser renovada. Todas as nossas boas obras são dependentes de um poder fora de nós mesmos; por isso é preciso que haja um contínuo anseio do coração após Deus, uma constante, sincera confissão de pecado e humilhação da alma perante Ele. Rodeiam-nos perigos; e só estaremos seguros se sentirmos nossa fraqueza e nos apegarmos com fé ao nosso poderoso Libertador. Os mais altos interesses demandam atenção CE 246 3 Precisamos voltar costas aos mil objetos que nos convidam a atenção. Há assuntos que consomem tempo e despertam indagações, mas resultam em nada. Os mais altos interesses demandam a rigorosa atenção e energia que tantas vezes se empregam em coisas relativamente insignificantes. CE 246 4 Aceitar teorias novas não traz à alma nova vida. Mesmo o conhecimento de fatos e teorias importantes em si mesmos é de pouco valor a menos que sejam postos em uso prático. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar à nossa alma alimento que nutra e estimule a vida espiritual. Conhecimento pessoal de Cristo CE 246 5 "Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nEle. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso." Provérbios 30:5, 6. CE 247 1 Não estamos fazendo a vontade de Deus quando especulamos em torno de coisas que Ele houve por bem reter de nós. A questão que nos cabe estudar é: "Que é a verdade -- a verdade para o tempo presente, a qual deve ser acariciada, amada, honrada e obedecida?" Os devotos da ciência têm sido derrotados e desanimados em seus esforços por encontrar a Deus. O que precisam indagar neste tempo é isto: "Qual é a verdade que nos habilitará a conseguir a salvação de nossa alma?" CE 247 2 Cristo revelou Deus aos Seus discípulos de um modo que efetuou em seu coração uma obra especial -- obra que há muito tem Ele instado conosco a fim de que Lhe permitamos executá-la em nosso coração. Muitos há que, demorando-se demasiadamente sobre a teoria, perderam de vista o poder vivo do exemplo do Salvador. Perderam-nO de vista como o obreiro humilde, abnegado. O que precisam é contemplar a Jesus. Diariamente precisamos de uma nova revelação de Sua presença. Precisamos seguir mais de perto o Seu exemplo de renúncia e sacrifício. CE 247 3 Precisamos da experiência que Paulo teve quando escreveu: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim." Gálatas 2:20. CE 247 4 O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo expresso no caráter é uma exaltação acima de tudo o mais, e a que tanto na Terra como no Céu se dá valor. É de todas a mais elevada educação. É a chave que abre os portais da cidade celestial. É desígnio de Deus que todos os que se revestem de Cristo possuam este conhecimento. CE 247 5 Tenho uma mensagem para nossos pastores, médicos, professores e todos os demais que se acham empenhados nos vários ramos do serviço do Mestre. O Senhor vos ordena que vos eleveis, que chegueis a uma norma mais santa. Necessitais de uma experiência muito mais profunda do que tendes sequer pensado em obter. Muitos dos que já fazem parte da grande família de Deus mal sabem o que significa contemplar Sua glória, e ser transformado de glória em glória. Muitos de vós tendes uma vaga percepção da excelência de Cristo, e vossa alma freme de gozo. Anelais possuir um conhecimento mais pleno e profundo do amor do Salvador. Não vos sentis satisfeitos. Mas não desespereis. Dai a Jesus as melhores e mais santas afeições do coração. Entesourai cada raio de luz. Animai cada anseio da alma em busca de Deus. Cultivai os pensamentos espirituais e a santa comunhão. Não tendes visto senão os primeiros raios do alvorecer de Sua glória À medida que prosseguirdes no conhecimento do Senhor, haveis de ver que Sua saída é como a alva. "A vereda dos justos é como a luz resplandecente que alumia mais e mais até o dia perfeito." Havendo-nos arrependido de nossos pecados, confessado os mesmos e obtido perdão, devemos prosseguir em aprender de Cristo, até que cheguemos ao clímax de uma fé evangélica perfeita. ------------------------Capítulo 28 -- O conhecimento adquirido na palavra de Deus CE 249 1 A Bíblia inteira é uma revelação da glória de Deus em Cristo. Recebida, crida e obedecida, é o grande instrumento na transformação do caráter. E é o único meio seguro de cultura intelectual. CE 249 2 A razão de ser hoje a juventude, e mesmo os de anos maduros, tão facilmente levados à tentação e pecado, é não estudarem eles a Palavra de Deus e meditarem sobre ela como deviam. A ausência de firme, resoluta força de vontade, que se faz sentir na vida e no caráter, resulta de negligenciarem a sagrada instrução da Palavra de Deus. Não dirigem o espírito, mediante um esforço sincero, àquilo que inspiraria pensamentos puros e santos e o desviaria do que é impuro e falso. Poucos há que escolhem a melhor parte, que se assentam aos pés de Jesus, como fez Maria, para aprender do Mestre divino. Poucos há que entesouram Suas palavras no coração e as praticam na vida. CE 249 3 As verdades da Bíblia, recebidas, erguerão o espírito de sua afeição às coisas mundanas e seu envilecimento. Se a Palavra de Deus fosse apreciada como deveria ser, tanto os novos como os velhos possuiriam uma retidão interior, uma força de princípios, que os habilitariam a resistir à tentação. CE 249 4 Ensinem e escrevam os homens as coisas preciosas das Santas Escrituras. Dediquem eles os pensamentos, as aptidões, o vigoroso exercício do poder cerebral, ao estudo dos pensamentos de Deus. Não estudeis a filosofia de conjecturas humanas, mas estudai a filosofia dAquele que é a verdade. Literatura diferente é de pouco valor comparada com essa. CE 249 5 A mente terrena não encontra prazer na contemplação da Palavra de Deus; mas para a mente renovada pelo Espírito Santo, divina beleza e luz celestial brilham da Página Sagrada. Aquilo que para a mente terrena era um árido deserto, torna-se para a mente espiritual uma terra de torrentes vivas. Deve ser dado a nossos filhos CE 250 1 O conhecimento de Deus tal como é revelado em Sua Palavra é o conhecimento que deve ser dado a nossos filhos. Desde o primeiro desabrochar da razão devem eles ser familiarizados com o nome e a vida de Jesus. A primeira de todas as lições que se lhes dê deve ser a de que Deus é seu Pai. Os primeiros rudimentos de educação que se lhes ministrem devem ensiná-los a prestar amorosa obediência. Leia-se-lhes e repita-se-lhes a Palavra de Deus, com reverência e ternura, em porções adequadas à sua compreensão e apropriadas a despertar-lhes o interesse. Sobretudo aprendam eles de Seu amor revelado em Cristo, e sua grande lição: CE 250 2 "Se Deus assim nos amou, também nos devemos amar uns aos outros." 1 João 4:11. CE 250 3 Faça a juventude da Palavra de Deus o alimento do espírito e da alma. Torne-se a cruz de Cristo a ciência de toda a educação, o centro de todo o ensino e todo o estudo. Seja ela introduzida na experiência diária da vida prática. Assim o Salvador Se tornará para os jovens um amigo e companheiro quotidiano. Todo o entendimento será levado cativo à obediência de Cristo. Com o apóstolo Paulo, estarão eles no caso de dizer: CE 250 4 "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gálatas 6:14. Conhecimento experimental CE 251 1 Assim, pela fé chegarão a conhecer a Deus por um conhecimento experimental. Experimentaram por si mesmos a realidade de Sua Palavra, a veracidade de Suas promessas. Provaram e viram que o Senhor é bom. CE 251 2 O amado João tinha um conhecimento adquirido por sua própria experiência. Podia ele testificar: CE 251 3 "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram a Palavra da vida (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo." 1 João 1:1-3. CE 251 4 Desse modo cada um poderá, por sua própria experiência, testificar "que Deus é verdadeiro". João 3:33. Poderá então dar testemunho daquilo que ele mesmo viu, ouviu e sentiu do poder de Cristo. Poderá atestar: CE 251 5 "Eu precisava de auxílio, e encontrei-o em Jesus. Supriu-me todas as necessidades, saciou a fome de minha alma; a Bíblia é para mim a revelação de Cristo. Creio em Jesus porque Ele é para mim um Salvador divino. Creio na Bíblia porque descobri ser ela a voz de Deus à minha alma." Admiráveis possibilidades CE 251 6 É nosso privilégio avançar sempre mais alto, em busca de mais claras revelações do caráter de Deus. Quando Moisés orou: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória", o Senhor não o repreendeu, mas atendeu-lhe a petição. Declarou Deus ao Seu servo: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti, e apregoarei o nome do Senhor diante de ti." Êxodo 33:18, 19. CE 252 1 É o pecado que nos obscurece o espírito e embota as percepções. Ao ser o pecado expulso de nosso coração, a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo, iluminando Sua Palavra e refletida da face da Natureza, declará-Lo-á, cada vez mais plenamente, "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade". Êxodo 34:6. CE 252 2 Em Sua luz veremos a luz, até que espírito, coração e alma estejam transformados à imagem de Sua santidade. CE 252 3 Maravilhosas possibilidades estão abertas aos que se apegam às divinas afirmações da Palavra de Deus. Há verdades gloriosas que hão de apresentar-se perante o povo de Deus. Privilégios e deveres que eles nem mesmo imaginam achar-se na Bíblia, hão de ser-lhes expostos perante os olhos. Ao prosseguirem na vereda da humilde obediência, cumprindo a Sua vontade, hão de conhecer cada vez mais os oráculos de Deus. CE 252 4 Tome o estudante a Bíblia como seu guia e ponha-se como uma rocha em defesa dos princípios, e poderá aspirar às mais altas consecuções. Todas as filosofias da natureza humana têm levado à confusão e vergonha quando Deus não tem sido reconhecido como tudo em todos. Mas a preciosa fé inspirada por Deus comunica força e nobreza de caráter. Quando nos demoramos sobre Sua bondade, Sua misericórdia e Seu amor, torna-se-nos cada vez mais clara a percepção da verdade; mais elevado, mais santo, o desejo de pureza de coração e clareza de pensamento. A alma que habita na pura atmosfera de pensamentos santos é transformada pela comunicação com Deus por meio do estudo de Sua Palavra. A verdade é tão grande, de tão vasto alcance, tão profunda, tão ampla, que se perde de vista o próprio eu. O coração abranda-se e submete-se em humildade, bondade e amor. CE 253 1 E as faculdades naturais crescem por causa da santa obediência. Do estudo das palavras de vida podem os estudantes ficar com o espírito expandido, elevado, enobrecido. Se forem, como Daniel, ouvintes e obradores da Palavra de Deus, poderão avançar como ele avançou em todos os ramos de ciência. Sendo de pensamento puro, tornar-se-ão fortes mentalmente. Todas as faculdades intelectuais se avigorarão. Poderão por tal forma educar-se e disciplinar-se que todos os que se encontram dentro da esfera de sua influência, verão o que pode tornar-se o homem, e o que pode fazer, quando em ligação com o Deus da sabedoria e poder. Resultados de receber a palavra de Deus CE 253 2 Foi esta a experiência adquirida pelo salmista, por meio do conhecimento da Palavra de Deus. Diz ele: CE 253 3 "Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, Que andam na Lei do Senhor. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições, E O buscam de todo o coração; Oxalá sejam firmes os meus passos, Para que eu observe os Teus preceitos. Então não terei de que me envergonhar, Quando considerar em todos os Teus mandamentos." CE 253 4 "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a Tua Palavra." "Faze-me atinar com o caminho dos Teus preceitos; E meditarei nas Tuas maravilhas." "Guardo no coração as Tuas palavras, Para não pecar contra Ti." "E andarei com largueza, Pois me empenho pelos Teus preceitos." CE 253 5 "Desvenda os meus olhos, Para que eu contemple as maravilhas da Tua lei." "Com efeito os Teus testemunhos são o meu prazer, São os meus conselheiros." "Para mim vale mais a lei que procede de Tua boca, Do que milhares de ouro ou de prata." "Quanto amo a Tua Lei! É a minha meditação todo o dia." "Os Teus decretos são motivo dos meus cânticos, Na casa da minha peregrinação." "Admiráveis são os Teus testemunhos, Por isso a minha alma os observa. A revelação das Tuas palavras esclarece, E dá entendimento aos simples." "Os Teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; Porque aqueles eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, Porque medito nos Teus testemunhos. Sou mais entendido que os idosos, Porque guardo os Teus preceitos. Por meio dos Teus preceitos consigo entendimento; Por isso detesto todo caminho de falsidade." CE 254 1 "Puríssima é a Tua Palavra, Por isso o Teu servo a estima." "As Tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, E cada um dos Teus justos juízos dura para sempre." CE 254 2 "Grande paz têm os que amam a Tua Lei; Para eles não há tropeço." "Espero Senhor, na Tua salvação, E cumpro os Teus mandamentos. "A minha alma tem observado os Teus testemunhos; Eu os amo ardentemente." CE 254 3 "Suspiro, Senhor, por Tua salvação; A Tua Lei é todo o meu prazer." "Viva a minha alma para louvar-Te; Ajudem-me os Teus juízos." "Os Teus testemunhos recebi-os por legado perpétuo, Porque me constituem o prazer do coração." Salmos 119:1, 2, 5, 6, 9, 30, 11, 45, 18, 24, 72, 97, 54, 129, 130, 98-100, 104, 140, 160, 165-167, 174, 175, 111. Um auxílio no estudo da natureza CE 254 4 Aquele que possui um conhecimento de Deus e de Sua Palavra pela experiência pessoal acha-se preparado para empenhar-se no estudo da ciência natural. De Cristo acha-se escrito: "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens." João 1:4. Quando Adão e Eva no Éden perderam as vestes de santidade, perderam também a luz que iluminara a Natureza. Não mais a podiam ler devidamente. Mas para os que recebem a luz da vida de Cristo, a Natureza de novo se ilumina À luz que brilha da cruz, podemos interpretar devidamente os ensinamentos da Natureza. CE 255 1 Aquele que tem conhecimento de Deus e de Sua Palavra tem consumada fé na divindade das Santas Escrituras. Ele não testa a Bíblia pelas idéias científicas do homem. Ele traz essas idéias ao teste da norma infalível. Sabe que a Palavra de Deus é verdade, e a verdade jamais pode contradizer-se; seja o que for que, nos ensinamentos da chamada ciência, contradiga a verdade da revelação divina, é mera conjetura humana. CE 255 2 Para o homem verdadeiramente sábio, as investigações científicas abrem vastos campos de pensamento e informações. Os caminhos de Deus, revelados no mundo natural e em Seu trato com o homem, constituem um tesouro do qual todo estudante na escola de Cristo se pode prevalecer. CE 255 3 A verdadeira evidência de um Deus vivo não se encontra meramente na teoria; acha-se na convicção que Deus nos escreveu no coração, iluminada e explanada por Sua Palavra. Acha-se no poder vivo das obras que criou, vistas por olhos iluminados pelo Espírito Santo. CE 255 4 Os que julgam a Deus pelas Suas obras, e não através de suposições de grandes homens, esses vêem Sua presença em tudo. Observam-Lhe o sorriso na alegre luz do Sol, e Seu amor e cuidado pelos homens nas abundantes searas de outono. Mesmo os enfeites da terra, a verdejante relva, as belas flores de todos os matizes, as altaneiras árvores das florestas, de tantas espécies, o rumorejante regato, o majestoso rio, o plácido lago -- tudo testifica do terno e paternal cuidado de Deus e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos. A natureza, chave dos mistérios divinos CE 256 1 Ao contemplar o estudante assim as coisas da Natureza, sobrevém-lhe uma nova percepção da verdade. Os ensinamentos do grande e divino livro da Natureza atestam a verdade da palavra escrita. CE 256 2 No plano da redenção há mistérios que a mente humana é incapaz de penetrar, muitas coisas que a sabedoria humana não sabe explicar; mas a Natureza pode ensinar-nos muito acerca do mistério da piedade. Cada botão, cada árvore carregada de frutos, toda a vegetação, encerram lições para nosso estudo. Na germinação da semente lêem-se os mistérios do reino de Deus. CE 256 3 Ao coração abrandado pela graça de Deus, o Sol, a Lua, as estrelas, as árvores, as flores do campo, pronunciam palavras de conselho. O lançar a semente leva o espírito a lembrar a semeadura espiritual. A árvore declara que uma árvore boa não pode dar fruto mau, nem uma árvore má dar bom fruto. "Por seus frutos os conhecereis." Mateus 7:16. Mesmo o joio encerra uma lição. É ele cultura de Satanás e, deixado à vontade, estraga o trigo por seu crescimento viçoso. CE 256 4 Pais e mães, ensinai a vossos filhos acerca do Deus que opera maravilhas. Seu poder se manifesta em cada planta, em cada árvore que produz fruto. Levai os filhos para o quintal e explicai-lhes como ele faz a semente germinar. O lavrador amanha a terra e lança a semente, mas não pode fazê-la nascer. Ele precisa confiar em que Deus faça aquilo que nenhum poder humano pode fazer. O Senhor põe o Seu Espírito na semente, fazendo com que ela germine. Sob o Seu cuidado o germe rompe seu invólucro e nasce, desenvolvendo-se e produzindo fruto. CE 256 5 Ao estudarem as crianças o grande compêndio da Natureza, Deus lhes impressionará o espírito. Ao lhes ser falado da obra que Ele faz em favor da semente, aprendem o segredo do crescimento na graça. Devidamente compreendidas, estas lições conduzem ao Criador, ensinando essas simples e santas verdades que levam o coração em íntimo contato com Deus. Uma lição de obediência CE 257 1 As leis que Deus impôs à Natureza são por ela obedecidas. Nuvens e tempestades, Sol e chuva, orvalho e aguaceiros, todos estão sob a supervisão de Deus e obedecem às Suas ordens. Em obediência à Lei de Deus, a haste do cereal rompe a terra, "primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga". Marcos 4:28. O fruto se vê primeiro no botão, e o Senhor o desenvolve em seu tempo próprio, porque ele não resiste à Sua operação. Assim também as aves cumprem o propósito de Deus, ao fazerem suas longas migrações de uma terra à outra, guiadas através do desconhecido espaço pela mão de poder infinito. CE 257 2 Será possível que o homem, feito à imagem de Deus, dotado de raciocínio e do dom da fala, seja o único que não avalie os Seus dons e que seja desobediente às Suas leis? Hão de os que poderiam ser elevados e enobrecidos, habilitados a ser coobreiros Seus, contentar-se com permanecer imperfeitos no caráter e causar confusão em nosso mundo? Deverão o corpo e alma da herança adquirida por Deus ser embaraçados por hábitos mundanos e práticas ímpias? Não deverão eles refletir a formosura dAquele que todas as coisas fez bem, a fim de que por Sua graça o imperfeito homem pudesse afinal ouvir-Lhe a bênção: "Bem está, servo bom e fiel. ... Entra no gozo do teu Senhor." CE 257 3 Deus deseja que aprendamos da Natureza a lição da obediência. CE 257 4 "Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; E às aves dos céus, e elas to farão saber. Ou fala com a terra, e ela te instruirá; Até os peixes do mar to contarão. Qual entre todos estes não sabe Que a mão do Senhor fez isto?" "Não! com Deus está a sabedoria e a força; Ele tem conselho e entendimento." Jó 12:7-9, 13. CE 258 1 "Bem-aventurado o homem" que "o seu prazer está na lei do Senhor. ... Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, Que no devido tempo, dá o seu fruto, E cuja folhagem não murcha; E tudo quanto ele faz será bem-sucedido." Salmos 1:1-3. CE 258 2 O livro da Natureza e a Palavra escrita projetam luz mutuamente sobre si. Ambos nos tornam mais familiarizados com Deus, dando-nos ensinamentos acerca de Seu caráter e das leis pelas quais Ele opera. A educação na vida por vir CE 258 3 A educação iniciada aqui não será completada nesta vida; prosseguirá através da eternidade -- progredindo sempre, nunca se completando. Dia a dia, as maravilhosas obras de Deus, as provas de Seu miraculoso poder ao criar e manter o Universo, abrir-se-ão ao espírito em nova beleza. À luz que procede do trono desaparecerão os mistérios, e a alma se encherá de assombro pela simplicidade das coisas que nunca dantes compreendera. CE 258 4 Agora vemos por um espelho, obscuramente; mas então veremos face a face; agora conhecemos em parte; mas então conheceremos assim como também somos conhecidos. ------------------------Capítulo 29 -- Escola de evangelistas-médicos CE 259 1 Enquanto eu assistia à assembléia geral realizada em Washington, em 1905, recebi de J. A. Burden uma carta em que me descrevia uma propriedade que vira, distante cerca de seis quilômetros de Redlands. Lendo eu essa carta, tive a impressão de que se tratava de um dos lugares por mim vistos em visão, e telegrafei-lhe imediatamente para que, sem demora, comprasse a propriedade. Quando, mais tarde, visitei essa propriedade, pude reconhecer nela um dos lugares que eu havia visto em sonho quase dois anos antes. Como estou agradecida a Deus por nos haver proporcionado esse lugar! CE 259 2 Uma das vantagens principais de Loma Linda é a agradável variedade de paisagens encantadoras que a rodeiam. A extensa vista dos vales e montanhas é magnífica. E o que importa ainda mais que a paisagem magnificente ou os belos edifícios e os extensos terrenos, é a localização próxima de zona densamente povoada e da conseqüente oportunidade de comunicar a mensagem do terceiro anjo a um número muito avultado de pessoas. Precisamos de muito discernimento espiritual para reconhecer as dispensações das providências de Deus que nos preparam o caminho para iluminarmos o mundo. CE 259 3 A aquisição dessa propriedade põe sobre nós a pesada responsabilidade de dar feição educacional à obra da instituição. Loma Linda deve ser não somente um sanatório, mas também um centro de instrução. Deve ser estabelecida ali uma escola para a formação de evangelistas missionários-médicos. Esta obra tem grande alcance e é de suma necessidade principiá-la bem. O Senhor tem um trabalho especial para ser feito neste campo. Encarregou-me Ele de convidar o Pastor Haskell e sua esposa para auxiliarem-nos a empreender uma obra idêntica à que foi feita em Avondale. Obreiros experimentados consentiram em unir-se ao pessoal de Loma Linda para fundar a escola que deve funcionar ali. À medida que avancem com fé, o Senhor irá adiante deles, preparando o caminho. CE 260 1 No que tange à escola, direi: Dedique-se especialmente à instrução de enfermeiros e médicos. Muitos obreiros devem aprender a ciência médica em nossas escolas missionário-médicas, de modo que possam trabalhar como evangelistas missionários-médicos. Essa instrução, declarou o Senhor, está em harmonia com os princípios que formam o fundamento da verdadeira educação superior. Muito se fala de educação superior. A educação mais elevada consiste em andar nas pegadas de Cristo, imitando o exemplo que Ele nos deixou quando esteve no mundo. Não podemos aspirar a uma educação superior a esta; ela é uma educação que fará dos homens colaboradores de Deus. CE 260 2 Possuir educação superior é estar em comunhão viva com Cristo. O Salvador tirou de seus barcos e redes a pescadores iletrados e os associou consigo ao andar Ele de um lugar para outro, ensinando o povo e suprindo-lhes as necessidades. Sentado numa pedra ou sobre uma elevação do terreno, juntava ao Seu redor os discípulos e os instruía; dentro de pouco tempo, centenas de pessoas Lhe escutavam as palavras. Muitos homens e mulheres há que pensam saber tudo quanto valha a pena saber-se, quando em realidade têm grande necessidade de sentar-se humildemente aos pés de Jesus e receber instrução dAquele que deu a Sua vida em resgate de um mundo perdido. Todos necessitamos de Cristo, que abandonou os átrios celestes, Sua veste real, Sua coroa e majestade celestiais, para revestir-Se da nossa humanidade. O Filho de Deus aqui veio como criança a fim de poder compreender tudo quanto a humanidade experimenta e saber como lidar com os homens. Conhece as necessidades das crianças. Nos dias de Seu ministério, não queria que fossem proibidas de dEle aproximarem-se. "Deixai vir a Mim os meninos", disse ele aos discípulos, "porque dos tais é o reino de Deus." CE 261 1 Mantenha-se a simplicidade na obra escolar. Nenhum argumento é mais poderoso que o êxito com base na simplicidade. Podeis alcançar êxito na formação de missionários-médicos sem ter uma escola capaz de produzir médicos que possam rivalizar com os do mundo. Os estudantes deverão receber instrução prática. Quanto menos adotardes os métodos do mundo, tanto melhor será para os estudantes. Deveria, principalmente, ser cultivada a arte de cuidar dos enfermos sem fazer uso de medicamentos tóxicos, mas em harmonia com a luz que Deus forneceu. Não há necessidade do uso de tóxicos no tratamento dos enfermos. Deverão os estudantes sair da escola sem haver sacrificado os princípios da reforma de saúde nem seu amor a Deus e à justiça. CE 261 2 O ensino segundo o ideal do mundo, deve ser sempre menos valorizado por quem deseja levar avante eficientemente a obra missionário-médica relacionada com a obra da terceira mensagem angélica. Deve-se-lhes ensinar a obedecer à consciência e, ao seguirem conscienciosa e fielmente os bons métodos no tratamento das enfermidades, esses métodos acabarão por serem reconhecidos como preferíveis aos que estão em voga, e que implicam no uso de medicamentos tóxicos. CE 261 3 Não devemos, nesta época, competir com as escolas de medicina do mundo. Se o fizéssemos, diminutas seriam as nossas perspectivas de êxito. Não estamos em condições de empreender com êxito o estabelecimento de grandes faculdades de Medicina. Por outro lado, se seguirmos os métodos adotados pela classe médica, exigindo honorários elevados como o fazem os médicos do mundo, afastar-nos-emos dos planos, segundo os quais Cristo quer que exerçamos nosso ministério em prol dos enfermos. CE 262 1 Deverá haver em nossos sanatórios homens e mulheres inteligentes capazes de ensinarem os métodos de Cristo. Sob a direção de professores competentes e consagrados, poderão os jovens tornar-se participantes da natureza divina, e aprender a escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Fui instruída que deveremos ter um número maior de mulheres capazes de tratar especialmente as enfermidades de seu sexo, bem como de enfermeiras que tratem dos enfermos de maneira simples, sem o uso de drogas. CE 262 2 Não condiz com as instruções dadas no Sinai, que os médicos devam desempenhar o ofício de parteiras. A Bíblia nos apresenta as parturientes atendidas por outras mulheres, e assim deverá ser, sempre. Mulheres devem ser instruídas e preparadas de maneira tal que possam desempenhar com perícia o cargo de parteiras e médicas junto às pessoas do seu próprio sexo. Deveríamos ter uma escola onde as mulheres fossem, por médicas, ensinadas a fazer da melhor maneira possível o trabalho de tratar as doenças de senhoras. Em nossa denominação, a obra médica deveria atingir o desenvolvimento máximo. CE 262 3 Temos, em Loma Linda, um centro bastante avantajado para a execução dos nossos vários empreendimentos missionários. É evidente que foi a Providência que nos levou a possuir esse sanatório. Devemos considerar Loma Linda um lugar que o Senhor previu ser necessário à nossa obra e no-lo deu. Há uma obra sumamente importante para ser feita em relação com os interesses do sanatório e escola de Loma Linda, e esta se realizará quando todos trabalharmos para esse fim, avançando juntamente segundo os planos de Deus. CE 263 1 Em Loma Linda, muitos podem ser preparados para trabalhar como missionários na causa da saúde e da temperança. Devem ser preparados professores para muitos ramos de atividade. Devem ser fundadas escolas nos lugares onde nada tenha sido feito ainda. Missionários devem ir a outros Estados onde até agora pouco tem sido feito. Devemos realizar a obra que tem por objetivo disseminar os princípios da reforma de saúde. Deus nos ajude a sermos um povo sábio! CE 263 2 Desejo muito especialmente que as necessidades de nossas instituições de Loma Linda sejam cuidadosamente estudadas e tomadas medidas acertadas. Para a prossecução da obra nesse lugar, precisamos de homens bem habilitados e de espiritualidade elevada. Na obra do ensino devemos empregar os melhores professores, homens e mulheres prudentes, que confiem inteiramente em Deus. Se os professores das matérias de medicina desempenharem as suas funções no temor de Deus, veremos realizada uma boa obra. Tendo a Cristo como educador, poderemos atingir grau elevado no conhecimento da verdadeira ciência de curar. CE 263 3 O que é de importância máxima é que os estudantes sejam ensinados a praticar corretamente os princípios da reforma de saúde. Ensinai-lhes a prosseguirem fielmente nesse ramo de estudo, combinado com outros aspectos essenciais da instrução. A graça de Jesus Cristo inspirará sabedoria a todos quantos seguem os planos divinos da verdadeira educação. Sigam os estudantes com fidelidade o exemplo dAquele que resgatou a espécie humana pelo preço inestimável da Sua própria vida. Apelem para o Salvador e nEle confiem como quem sara toda espécie de enfermidades. O Senhor quer que os obreiros façam esforços especiais para apontar aos enfermos e sofredores o grande Médico que formou o corpo humano. Centros de instrução e sanatórios CE 264 1 Convém que os nossos centros de instrução para obreiros cristãos estejam localizados próximo de nossas instituições de saúde, de maneira que os alunos aprendam os princípios da vida sadia. As instituições que formam obreiros capazes de apresentar a razão da sua fé, e cuja fé se manifesta em atos de amor e purifica a alma, têm grande valor. Foi-me mostrado claramente que onde quer que seja possível, devem ser fundadas escolas, próximo dos nossos sanatórios, a fim de que cada instituição seja um auxílio e amparo a outra. Aquele que criou o homem Se interessa pelos que sofrem. Ele dirigiu a fundação dos nossos sanatórios, bem como a construção das nossas escolas junto deles, a fim de que venham a tornar-se meios eficazes no preparo de homens e mulheres para a obra que tem por objetivo aliviar os sofrimentos da humanidade. CE 264 2 Lembrem-se os funcionários da obra médica adventista do sétimo dia, de que o Senhor Deus onipotente reina. Cristo é o maior dos médicos que já pisou a Terra amaldiçoada pelo pecado. O Senhor quer que Seu povo a Ele recorra em busca da capacidade de curar. Ele batizará os Seus com o Espírito Santo, capacitando-os para servirem de modo que sejam uma bênção ao restituírem a saúde espiritual e física aos que necessitam de cura. ------------------------Conselhos sobre a Escola Sabatina CES 3 1 Prefácio CES 9 1 Capítulo 1 -- Importância e propósito da obra da Escola Sabatina CES 17 1 Capítulo 2 -- Uma escola para o estudo da Bíblia CES 61 1 Capítulo 3 -- Instrumento ganhador de almas CES 89 1 Capítulo 4 -- O professor e sua obra CES 129 1 Capítulo 5 -- Ofertas missionárias semanais CES 151 1 Capítulo 6 -- Princípios que regem a administração ------------------------Prefácio CES 3 1 É fato significativo que nas atividades sempre crescentes dos adventistas do sétimo dia, Deus, por intermédio de Sua mensageira, tenha dado instrução, encorajamento e conselhos aos que estão ligados com cada ramo de maior importância. A obra da Escola Sabatina não foi deixada em falta neste sentido. Não apenas nos primeiros números dos Testemunhos Para a Igreja, mas também em artigos instrutivos da pena de Ellen G. White, publicados através dos anos no Sabbath School Worker, foram dados conselhos referentes à Escola Sabatina. Em 1900, muitos desses artigos foram reunidos e publicados num pequeno volume, o qual se tornou bem conhecido como Testemunhos Sobre a Escola Sabatina. Durante cerca de quarenta anos os obreiros da Escola Sabatina em todo o mundo buscaram o valioso conselho deste pequeno volume para estabelecer este importante departamento da organização no lugar de destaque por ele ocupado presentemente. CES 3 2 Depois da publicação de Testemunhos Sobre a Escola Sabatina, apareceu nos escritos da Sra. White instrução adicional pertinente a esta linha de atividade. As exigências da obra da Escola Sabatina através do campo mundial, indicam que chegara o tempo para se reunir esses últimos conselhos relativos às atividades deste departamento e combiná-los com os da obra original. O presente volume, Conselhos Sobre a Escola Sabatina, é o valioso resultado daquele plano. CES 3 3 O material que aparece neste volume ampliado, foi organizado em tópicos, e um índice dos conteúdos prefacia cada uma das seis seções em que o material foi dividido, a fim de torná-lo mais prontamente acessível para estudo ou referência. Os oficiais e professores da Escola Sabatina, oficiais da igreja e obreiros dos campos considerarão valioso este livro em seus esforços para estabelecer uma Escola Sabatina forte. Os professores de classes de preparo encontrarão nele parte essencial de sua fonte de subsídios, e cada membro da igreja pode estudá-lo com grande proveito. CES 4 1 O Departamento da Escola Sabatina da Associação Geral aprecia de coração o trabalho dos responsáveis pelo arquivo das obras da Sra. White, por haverem preparado esta compilação, e a envia ao campo com nosso irrestrito endosso. De novo o dedicamos ao crescente exército de oficiais e professores da Escola Sabatina, cujos labores tornar-se-ão mais eficientes ao se esforçarem por alcançar o padrão que nos é apresentado pelo Espírito do Senhor. O Departamento da Escola Sabatina da Associação Geral. ------------------------Capítulo 1 -- Importância e propósito da obra da Escola Sabatina Uma obra importante CES 9 1 A obra da Escola Sabatina é importante, e todos os que se interessam na verdade devem esforçar-se por torná-la próspera. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109. Maravilhoso poder para o bem CES 9 2 Nossas Escolas Sabatinas não são nada menos que sociedades bíblicas, e no santo trabalho de ensinar as verdades da Palavra de Deus, podem realizar muito mais do que até o presente. A Escola Sabatina, quando bem dirigida, possui maravilhoso poder e se destina a realizar uma grande obra, mas presentemente* não é o que deveria ser. A influência que emana da Escola Sabatina deve melhorar e engrandecer a igreja; mas em caso algum jamais se deve permitir que ela se desvie dos interesses da igreja. Há, na Escola Sabatina, um precioso campo missionário, e se agora há sinais que fazem prever o bem, são eles apenas indicações e começo do que pode ser feito. -- Testimonies on Sabbath School Work, 29. Instrumento de Deus CES 10 1 Tenho profundo interesse pelas nossas Escolas Sabatinas através do mundo, pois creio que são o instrumento de Deus para a educação de nossos jovens nas verdades da Bíblia. Tanto os pais como os professores devem envidar constantes esforços para interessar a juventude nas coisas de importância eterna. A Escola Sabatina é um campo missionário e, nessa importante obra, devemos manifestar muito mais espírito missionário do que se tem manifestado até aqui. -- Testimonies on Sabbath School Work, 35. Um dos meios mais eficazes na salvação de almas CES 10 2 A Escola Sabatina deve ser um dos maiores instrumentos, e o mais eficaz, em levar almas a Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 20. Uma influência além do que se pode prever CES 10 3 Por meio de Escolas Sabatinas bem organizadas e convenientemente dirigidas, muito pode ser feito em favor da educação e preparo moral e religioso de nossa juventude. A esse ramo da obra devem-se dedicar tempo e atenção, pois não pode ser avaliada a importância de sua influência sobre a juventude. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14, 15. Poder convertedor CES 10 4 A Escola Sabatina é um importante ramo do trabalho missionário, não só porque proporciona a jovens e velhos o conhecimento da Palavra de Deus, mas por despertar neles o amor por suas sagradas verdades e o desejo de estudá-las por si mesmos; ensina-os, sobretudo, a regular sua vida por seus santos ensinos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109, 110. Uma força para a igreja CES 11 1 Há, na Escola Sabatina, um vasto campo que precisa ser diligentemente cultivado, a saber, inspirar nossa juventude a entregar-se inteiramente ao Senhor, para ser por Ele usada em Sua causa. Deve haver, em nossas Escolas Sabatinas, zelosos e fiéis obreiros que, discernindo sobre quem o Espírito Santo está operando, vigiem e cooperem com os anjos de Deus na conquista de almas para Cristo. Há sagradas responsabilidades confiadas aos obreiros da Escola Sabatina, e esta deve ser o lugar em que, por meio de viva comunhão com Deus, homens e mulheres, jovens e crianças sejam preparados para ser uma força e bênção à igreja. Tanto quanto sua capacidade o permitir, devem ir de força em força, ajudando a igreja a avançar para cima e para a frente. -- Testimonies on Sabbath School Work, 92. Campo vasto, importante CES 11 2 Os diretores e obreiros de nossas Escolas Sabatinas têm vasto e importantíssimo campo a ser cultivado. Precisam ser batizados com o Santo Espírito de Deus, para que sua mente seja impressionada a usar os melhores métodos e seguir os melhores planos, a fim de terem perfeito êxito em seu trabalho. O Senhor cooperará com seus esforços, pois a juventude foi resgatada com o sangue do unigênito Filho de Deus. O Senhor amou esses jovens, permitindo que Jesus morresse "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". CES 12 1 Há uma grande obra de educação a ser efetuada. Os professores de crianças e jovens devem frequentemente orar com eles e por eles, a fim de que vejam "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Devem instruí-los acerca de sua responsabilidade para com Deus, ajudando-os a compreender o que Jesus espera deles. Exercei toda a vossa influência para interessá-los nas Escrituras. Trabalhai por essas almas, a fim de que se tornem também zelosos obreiros e usem seus talentos para transmitir a outros o que receberam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 83. Digno de longo serviço CES 12 2 É na Escola Sabatina que as jóias da verdade devem ser procuradas, libertas de seu ambiente de erro, e engastadas em seu verdadeiro lugar na estrutura do evangelho. As preciosas gemas da verdade, há muito perdidas de vista, devem agora ser restituídas aos filhos de Deus. Os temas da justificação pela fé e da justiça de Cristo devem ser apresentados em nossas escolas, a fim de que os jovens e as crianças compreendam esses assuntos e os professores e alunos aprendam o caminho da salvação. Santos e eternos princípios ligados ao plano da salvação foram há muito perdidos de vista, mas devem retomar seu lugar adequado no plano da salvação, aparecendo em sua luz celestial e penetrando a escuridão moral que envolve o mundo. CES 13 1 Que a juventude ouça as palavras do sábio: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento." Com oração, andem os jovens mansa e cuidadosamente diante do Senhor, confiando continuamente nEle e ao mesmo tempo desenvolvendo todas as faculdades, aproveitando todas as oportunidades e confiando no que o Senhor pode fazer com suas consagradas habilidades. Indaguem eles a cada passo: "É este o caminho do Senhor?" A humildade é a característica dos que possuem a verdadeira sabedoria e, não importa quais sejam seus conhecimentos, não estarão cheios de presunção e confiança própria. CES 13 2 O Senhor chama moços e moças a se prepararem para fazer, durante a vida toda, fervoroso trabalho na Escola Sabatina. Esforços intermitentes não serão de proveito para realizar muito benefício ou para vos tomar obreiros de êxito na causa de Deus. Por paciente perseverança na prática do bem, tornar-vos-eis cooperadores de Deus. Deveis dia a dia considerar-vos servos de Deus. Sede diligentes em vosso trabalho diário e cuidai em não fazer más veredas para vossos pés, para que vossas faltas não desviem do caminho da retidão aos que manquejam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 50, 51. Recompensa abundante CES 13 3 Ninguém que trabalhe na Escola Sabatina ou na sociedade de temperança deixará de ceifar abundante colheita, não só no fim do mundo, mas também na vida presente. No esforço de iluminar e abençoar a outros, seus próprios pontos de vista se tornarão mais claros e vastos. Quanto mais nos esforçarmos por explicar a outros a verdade, com amor pelas almas, tanto mais clara se tornará ela para nós mesmos. Ao entendimento do expositor, ela sempre se abre em nova beleza e força. -- Testimonies on Sabbath School Work, 108. ------------------------Capítulo 2 -- Uma escola para o estudo da Bíblia Examinai as escrituras CES 17 1 Nenhum homem, mulher, ou jovem, pode alcançar a perfeição cristã negligenciando o estudo da Palavra de Deus. Mediante acurado e cuidadoso exame de Sua Palavra obedeceremos à injunção de Cristo: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." Este exame habilita o estudante a observar intimamente o divino Modelo, pois as Escrituras testificam de Cristo. O padrão deve ser examinado muitas vezes e cuidadosamente, a fim de ser imitado. Ao tornar-se alguém relacionado com a história do Redentor, descobre em si mesmo defeitos de caráter; sua dessemelhança com Cristo é tão grande que ele sente não poder ser um seguidor sem que se opere grande mudança em sua vida. Estuda ainda assim, com o desejo de ser semelhante ao seu grande modelo; absorve a expressão fisionômica, o espírito, de seu amado Mestre; por contemplá-Lo, torna-se mudado. "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé." ... CES 17 2 A Palavra de Deus, falada ao coração, tem um vivificante poder, e os que formulam qualquer escusa por negligenciarem familiarizar-se com ela negligenciarão as reivindicações de Deus em muitos respeitos. O caráter ficará deformado, as palavras e atos serão um descrédito à verdade. Diz-nos o apóstolo: "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." Um dos profetas de Deus exclama: "Enquanto eu meditava se acendeu um fogo." Se os cristãos examinassem fervorosamente as Escrituras, mais corações arderiam com as verdades vívidas aí reveladas. Suas esperanças brilhariam com as preciosas promessas disseminadas como pérolas através de todos os Sagrados Escritos. Na contemplação da história dos patriarcas, dos profetas, dos homens que amaram e temeram a Deus e com Ele andaram, o coração abrasar-se-á com o espírito que animou esses dignos personagens. Ao demorar-se a mente sobre a virtude e piedade dos santos homens do passado, o espírito que os inspirou acenderá uma chama de amor e fervor santo no coração de todos os que desejam ser semelhantes a eles no caráter. Não negligenciar a lição da Escola Sabatina CES 18 1 O estudante da Escola Sabatina deve sentir tão integral fervor para tornar-se inteligente no conhecimento das Escrituras como em destacar-se no estudo das ciências. Se um deve ser negligenciado, sejam as lições dos seis dias. A exortação de nosso Salvador deve ser religiosamente considerada por todo homem, mulher e criança que professa Seu nome. CES 18 2 Os professores da Escola Sabatina têm no ensino da lição da Escola Sabatina um campo missionário que lhes foi dado, não para como papagaios repetirem o que não se deram ao trabalho de entender. "São elas que de Mim testificam" -- do Redentor, Aquele em quem estão centralizadas nossas esperanças de vida eterna. Se os professores não estão imbuídos do espírito da verdade, e não cuidam de conhecer o que está revelado na Palavra de Deus, como podem apresentar a verdade numa luz atrativa aos que estão sob seu cuidado? CES 19 1 A oração de Cristo por Seus discípulos foi: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." Se devemos ser santificados pelo conhecimento da verdade que se encontra na Palavra de Deus, precisamos ter um conhecimento inteligente de Sua vontade nela revelada. Precisamos examinar as Escrituras, não meramente devorando um capítulo e repetindo-o, sem termos o cuidado de entendê-lo, mas cavando a jóia da verdade que enriquece a mente e fortifica a alma contra os enganos e tentações do arquienganador. Desculpas frívolas para a negligência CES 19 2 Os pais apresentam frívolas desculpas por não se interessarem com seus filhos nas lições, e estes deixam de tornar-se versados nas Escrituras. Pais e mães escusam-se de disciplinar suas próprias mentes. Não buscam primeiro o reino de Deus e Sua justiça, mas exaltam o que é temporal sobre o que é espiritual e eterno. Esta desconsideração por Deus e abandono de Sua Palavra é o exemplo que dão aos filhos e que lhes molda a mente segundo o padrão do mundo e não conforme a elevada norma erigida por Cristo. Alguns pais preferem passar as horas em seu próprio entretenimento, em conversação sobre coisas mundanas, e afastam a Deus de seus pensamentos e coração. Quão mais proveitoso é ser fiel discípulo de Cristo, empenhado no exame das Escrituras, para que possa tornar-se inteiramente provido para toda a boa obra e capaz de dar uma explicação inteligente da palavra que Deus ofertou para nos dirigir os passos para as eternas praias! CES 20 1 Ouvem-se mães lamentarem não ter tempo de ensinar seus filhos nem de instruí-los na Palavra de Deus. Mas essas mesmas mães encontram tempo para se adornarem externamente e ornamentarem-se com tufos e pregas e rendas desnecessários. Vêem-se desnecessários enfeites em suas roupas e de seus filhos. O adorno interno da mente e a cultura da alma são negligenciados, como se fossem inferiores ao adorno dos vestidos. A mente de mães e filhos perece de inanição por eles seguirem os costumes e as modas. Toda a família unida no estudo da Bíblia CES 20 2 Pais e mães, nós vos rogamos que tomeis sobre vós deveres há muito negligenciados. Examinai as Escrituras por vós mesmos; auxiliai vossos filhos no estudo da Palavra sagrada. Fazei obra diligente por causa da negligência passada. Não afasteis os vossos filhos para que estudem por si mesmos a Bíblia, mas lede-a com eles, ensinai-lhes o que sabeis de maneira simples, e mantende-vos a vós mesmos na escola de Cristo como diligentes estudantes. Tomai a determinação de que esta obra não será negligenciada. Mães, vesti-vos a vós e a vossos filhos com roupa modesta, limpa e esmerada, mas sem adornos desnecessários. Quando aprenderdes a assim proceder, a vestir com conscienciosa simplicidade, não tereis desculpa por serdes principiantes nas Escrituras. Segui a admoestação de Cristo: "Examinai as Escrituras"; assim crescereis em força espiritual e sereis capazes de instruir vossos filhos, para que não tenham de vir à Escola Sabatina nada sabendo. CES 21 1 Muitos jovens dizem: Não tenho tempo de estudar minha lição. Que estão eles porém fazendo? Alguns estão aproveitando cada momento para ganhar alguns centavos mais, quando este tempo, dedicado ao trabalho, consagrado ao estudo da Bíblia e seguidas suas lições, ajudá-los-ia mais que a importância ganha pela sobrecarga de trabalho. Aproveitaria mais do que é despendido em desnecessários adornos, e preservaria o vigor da mente a fim de permitir a compreensão do mistério da piedade. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Mas esses mesmos jovens que professam ser cristãos, lisonjeiam os desejos do coração carnal, seguindo suas próprias inclinações; e o tempo de graça concedido por Deus para que se familiarizem com as preciosas verdades da Bíblia é devotado à leitura de novelas fictícias. CES 21 2 Este hábito, uma vez formado, é difícil de ser vencido; mas isto pode ser feito, tem de ser feito por todos os que são candidatos ao mundo celestial. A mente à qual se permite absorver-se na leitura de ficção fica arruinada. A imaginação se torna doentia, o sentimentalismo toma posse da mente e há uma vaga inquietação, um estranho apetite por alimento mental nocivo, o qual de contínuo desequilibra a mente. Há hoje em dia nos asilos de insanos, milhares cuja mente se tornou desequilibrada pela leitura de novelas, leitura essa que resulta na edificação de castelos no ar e doentio sentimentalismo. A Bíblia é o Livro dos livros. Ela vos dará saúde e vida. É um calmante para os nervos e comunica solidez de mente e firmeza de princípio. Cavar fundo as gemas da verdade CES 22 1 Os alunos da Escola Sabatina devem ser diligentes, cavar fundo e buscar com o máximo cuidado as preciosas gemas da verdade contidas nas lições semanais. Os privilégios e oportunidades que ora têm de se tornar entendidos no que respeita às Escrituras, não devem ser negligenciados. Deus quer que os que professam segui-Lo estejam cabalmente providos de provas das doutrinas de Sua Palavra. Quando e onde podem estas ser melhor obtidas do que na juventude, na Escola Sabatina? De maneira alguma devem os pais tratar isto com indiferença. -- The Review and Herald, 28 de Novembro de 1878. Comparar texto com texto CES 22 2 "Examinai as Escrituras", foi a instrução do Mestre. Muitos têm perdido muito por negligenciarem este dever. Quando examinamos a Palavra de Deus, os anjos se acercam de nós, refletindo sobre as páginas sagradas brilhantes raios de luz. As Escrituras apelam para o homem como tendo poder para escolher entre o certo e o errado; elas lhe falam em termos de advertência, de reprovação, de súplica e de encorajamento. A mente deve exercitar-se nas solenes verdades da Palavra de Deus, ou definhará. Temos a verdade exposta em publicações, mas não basta fiar-se no pensamento de outros. Precisamos examinar por nós mesmos e aprender as razões de nossa fé, comparando texto com texto. Tomai a Bíblia e de joelhos suplicai de Deus iluminação para vossa mente. Se estudássemos a Bíblia cada dia diligentemente e com oração, veríamos diariamente alguma bela verdade em nova luz, clara e penetrante. -- The Review and Herald, 4 de Março de 1884. Escrita para as pessoas simples CES 23 1 Cada filho de Deus deve ser entendido nas Escrituras e capaz e mostrar nossa posição na história deste mundo, delineando o cumprimento das profecias. A Bíblia foi escrita para as pessoas simples, bem como para as eruditas e é acessível à compreensão de todos. As grandes verdades sobre que repousa o dever do homem para com o homem e para com o Criador são claramente reveladas; e os que realmente desejam a verdade não precisam errar. O caminho não é deixado na incerteza, como se estivéssemos numa encruzilhada, sem saber que caminho tomar. A verdade é nosso guia; é para nós como uma coluna de nuvem durante o dia e à noite como uma coluna de fogo. CES 23 2 As muitas opiniões contraditórias que surgem com referência ao que a Bíblia ensina não têm sua origem na obscuridade do livro em si mesmo, mas na cegueira e preconceito da parte dos interpretadores. Os homens deixam de lado as claras afirmações da Bíblia para seguirem seu próprio juízo pervertido. Orgulhando-se de seus dotes intelectuais, passam por alto a simplicidade da verdade; desprezam o manancial de águas vivas para beber das venenosas correntes do erro. -- The Review and Herald, 27 de Janeiro de 1885. Substituí a ficção pela Bíblia CES 24 1 Tanto velhos como novos negligenciam a Bíblia. Não fazem dela seu estudo, a regra de sua vida. Os jovens, especialmente, são culpados desta negligência. A maioria deles encontra tempo para ler outros livros, mas aquele que indica o caminho da vida eterna não é estudado diariamente. Histórias ociosas são lidas atentamente, enquanto a Bíblia é negligenciada. Este livro é nosso guia para uma vida mais alta e mais santa. Os moços o declarariam o mais interessante livro que já leram, não estivesse sua imaginação pervertida por histórias imaginárias. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 139. É essencial o espírito de investigação CES 24 2 "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." CES 25 1 Há ainda muita verdade preciosa a ser revelada ao povo neste tempo de trevas e perigo, mas é o determinado propósito de Satanás impedir que a luz da verdade brilhe no coração dos homens. Se queremos possuir a luz que nos foi provida, devemos mostrar que a desejamos por meio de diligente estudo da Palavra. Preciosas verdades, que há muito têm estado em obscuridade, hão de ser reveladas numa luz que lhes manifestará o sagrado valor; pois Deus glorificará Sua Palavra, fazendo-a aparecer numa luz em que nunca dantes a contemplamos. Mas os que professam amar a verdade devem exercitar as faculdades para compreender as coisas profundas da Palavra, a fim de que Deus seja glorificado, e Seu povo, abençoado e iluminado. Com coração humilde, subjugado pela graça de Deus, deveis empreender a tarefa de examinar as Escrituras, preparados para aceitar todo raio de luz divina e andar no caminho da santidade. Atitude de discipulado CES 25 2 Ao examinar as Escrituras não vos esforceis por interpretar-lhe as declarações de acordo com vossas idéias preconcebidas, mas por compreender os princípios fundamentais da fé cristã. Com vivo interesse e fervente oração, ide à Palavra de Deus para saber o que é a verdade, tendo o mesmo espírito manifestado por Natanael ao suplicar sinceramente ao Senhor que lhe desse o conhecimento da verdade. Todo investigador sincero será iluminado como o foi Natanael. Jesus o viu, ao ajoelhar-se ele em oração, debaixo da figueira e, enquanto pedia luz, o mensageiro veio chamá-lo para conduzi-lo à fonte de toda luz. CES 26 1 "Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, Filho de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" Preconceito e incredulidade surgiram no coração de Natanael. Filipe não tentou combater esses sentimentos, mas disse: "Vem, e vê. Jesus viu Natanael vir ter com Ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Natanael: Donde me conheces Tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu, estando tu debaixo da figueira. Natanael respondeu, e disse-Lhe: Rabi, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel." CES 26 2 Quão facilmente se convenceu Natanael! E com que prazer contemplou Jesus sua fé não fingida! "Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem." Deus nunca honra a incredulidade, a dúvida. Quando Ele fala, Sua palavra deve ser reconhecida e cumprida nas ações diárias. E se estiver em viva união com Deus, o coração do homem reconhecerá a voz que vem do Céu. Evitar controvérsia CES 27 1 Ao passo que há necessidade de completa investigação da Palavra de Deus, para que se descubra a verdade, trazendo-a à luz, devemos guardar-nos de que o espírito de controvérsia nos domine em nossa discussão das lições da Escola Sabatina. Ao apresentar-se um ponto sobre o qual haja divergência de opinião, os que procuram compreender a Palavra de Deus devem manifestar a graça de Cristo. A fim de que todos saibam por si mesmos o que é a verdade, deve haver liberdade para franca investigação. Entre os alunos da Escola Sabatina, deve existir um espírito de investigação, a fim de que os suficientemente idosos para discernir evidências, sejam animados a buscar novos raios de luz e apreciar tudo o que Deus enviar a Seu povo. Nunca se há de patentear a luz que Deus deseja dar a Seu povo, a menos que haja diligente exame da Palavra da verdade. CES 27 2 O mundo está cheio de toda espécie de erros tendentes a desviar-nos e é essencial que tanto alunos como professores se certifiquem de que sabem o que é a verdade. Há necessidade de reverenciarmos a Palavra de Deus, reconhecendo-Lhe a voz nos oráculos vivos, a fim de praticarmos seus preceitos e vivermos de toda palavra que sai da boca de Deus. Os que fazem a vontade divina, reconhecerão da mesma doutrina se ela é de Deus, pois nenhum engano lhes obscurecerá a mente. Deus chama a todos, tanto velhos como jovens, para examinar diligentemente Sua Palavra e descobrir os ricos tesouros da verdade. Ministros e povo, professores e alunos, todos são chamados para a obra do estudo da Bíblia. CES 28 1 Da Palavra de Deus há de brilhar preciosa luz, e ninguém apague o Espírito, presumindo prescrever o que será ou o que não será apresentado ao povo nas mensagens que Ele há de enviar. Qualquer que seja sua posição de autoridade, ninguém tem direito de impedir que o povo receba a luz. Quando uma mensagem vem ao povo, em nome do Senhor, ninguém pode escusar-se de não lhe investigar as declarações. Ninguém pode permanecer em atitude de indiferença e confiança própria, dizendo: "Sei o que é a verdade. Estou satisfeito com minha situação. Firmei minhas estacas e, venha o que vier, não deixarei minha posição. Não ouvirei a mensagem desse mensageiro, pois sei que não pode ser verdadeira." Por terem seguido esse caminho é que as igrejas populares não foram alcançadas pelas mensagens celestiais, sendo deixadas em escuridão parcial. Cultivai um espírito susceptível de ensino CES 28 2 Deus requer que os que exercem cargos de responsabilidade na Escola Sabatina se desembaracem de todo egoísmo, confiança própria e orgulho de opinião; se se apresentar uma mensagem que não compreendeis, ouvi as razões dadas pelo mensageiro, comparando passagem com passagem, a fim de verificardes se é ou não apoiada pela Palavra de Deus. Se credes que as opiniões expostas não têm por base a Palavra de Deus e se não puder ser controvertida a posição que assumis com relação ao assunto, apresentai então vossas firmes razões, pois vossa convicção não será abalada por entrar em contato com o erro. Não há virtude ou varonilidade em manter contínua luta nas trevas, fechando os olhos para não ver, os ouvidos para não ouvir, e endurecendo o coração na ignorância e incredulidade, para não vos humilhardes, reconhecendo que recebestes luz sobre alguns pontos da verdade. CES 29 1 Abstendo-vos de investigar a verdade, deixais de cumprir a ordem do Salvador, de examinar as Escrituras. É, porventura, cavar tesouros escondidos, denominar montão de lixo ao resultado do trabalho de outrem, sem examinar minuciosamente para ver se há ou não preciosas gemas de verdade na coleção de pensamentos que condenais? Conservar-se-ão os que ainda têm quase tudo por aprender afastados de toda reunião em que há oportunidade de investigar as mensagens dadas ao povo, simplesmente por imaginar que os pontos de vista mantidos pelos ensinadores da verdade não estão em harmonia com os que conceberam como verdade? Somos admoestados a não proceder como os judeus que assim fizeram ao tempo de Cristo, sendo levados a escolher as trevas de preferência à luz, pois, ao se apartarem do Deus vivo, havia neles um ímpio e incrédulo coração. Nenhum dos que pensam saber tudo é demasiado idoso ou instruído para aprender do mais humilde mensageiro do Deus vivo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 62-66. O professor deve ser um discípulo CES 30 1 "Foge também dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas." Os que se tornam educadores de crianças e jovens precisam aprender muitíssimo, tanto em preceito como em experiência, a fim de poderem ser obreiros de êxito. Devem crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, até atingir Sua estatura. O crescimento na graça é um testemunho de que permaneceis em Cristo, como o ramo na videira. Se permanecerdes nEle, tereis poder para discernir a verdade espiritual, pois as coisas espirituais se discernem espiritualmente. CES 30 2 "Eu vos escrevi, mancebos, porque sois fortes, e a Palavra de Deus habita em vós, e já vencestes o maligno." Deus roga aos moços e moças que aproveitem o máximo possível a capacidade que lhes foi confiada. Ele deseja que cultiveis hábitos de estudo e diligência, a fim de aumentardes os talentos que vos deu. Deus vos aceitará o serviço e aumento de vossos talentos, mas não pode aprovar trabalhos alinhavados em que não se coloque todo o coração. Todo ramo da obra de Deus exige o exercício das mais altas capacidades e o emprego de todo auxílio aproveitável; deveis dirigir vossos mais nobres impulsos à propagação da verdade. O santo e elevado caráter da obra requer as mais altas faculdades intelectuais e espirituais, a fim de ser apresentada de modo adequado aos que se assentam nas trevas da sombra da morte. CES 31 1 Se sois chamados para ser mestres em qualquer ramo da obra de Deus, sois também chamados para ser discípulos na escola de Cristo. Se tomais sobre vós a sagrada responsabilidade de ensinar outros, tendes o dever de ir ao âmago do assunto que procurais ensinar. Se, na Escola Sabatina, apresentais a vossos alunos um assunto da Palavra de Deus, deveis esclarecer de tal maneira a razão de vossa fé que vossos alunos se convençam de sua veracidade. Deveis examinar e comparar diligentemente as evidências da Palavra de Deus nas mensagens por Ele enviadas à igreja, para que saibais o que é a verdade e sejais capazes de guiar na vereda da justiça, os que em vós confiam. Escutai com sinceridade CES 31 2 Quando vos pedirem para ouvir as razões de uma doutrina que não compreendeis, não condeneis a mensagem antes de fazer uma investigação completa, e de verificar pela Palavra de Deus que não é sustentável. Se me fosse concedida a oportunidade, falaria aos estudantes de todas as Escolas Sabatinas do mundo, elevando minha voz em fervoroso apelo para que fossem à Palavra de Deus em busca de verdade e luz. Justamente agora Deus reserva preciosa luz para Seu povo e deveis investigar fervorosamente para atingir um perfeito conhecimento de cada ponto da verdade, para que no dia de Deus não sejais achados entre os que não viveram de toda palavra que sai da boca de Deus. CES 32 1 Devem ser cuidadosamente considerados os importantes resultados que estão em jogo por negligenciar a Palavra de Deus. O estudo da Bíblia é digno do melhor esforço mental, da mais santificada capacidade. Quando nova luz for apresentada à igreja, ser-vos-á perigoso rejeitá-la. Recusar ouvir a mensagem, por ter preconceito contra ela ou contra o mensageiro, não desculpará vosso caso perante Deus. Condenar aquilo que não ouvistes ou não compreendestes, não vos exaltará aos olhos dos que são sinceros em suas investigações da verdade. É loucura falar com desprezo a respeito dos que Deus enviou com uma mensagem verdadeira. Se os jovens estão procurando educar-se para serem obreiros em Sua causa, devem aprender o caminho do Senhor e viver de toda palavra que sai da boca de Deus. Não devem convencer-se de que toda verdade já foi revelada e que o Ser Infinito não tem mais luz para Seu povo. Se se firmam na crença de que toda verdade já foi revelada, estão em perigo de se desfazerem de preciosas gemas da verdade, que serão descobertas ao volverem os homens a atenção para pesquisar a rica mina da Palavra de Deus. Investigar individualmente CES 33 1 Os que entraram para a obra do ensino ou foram chamados para qualquer posição de responsabilidade, não se devem satisfazer com o produto das pesquisas de outras mentes, mas devem investigar a verdade por si mesmos. Se não formarem o hábito de investigar por si mesmos os temas da verdade, tornar-se-ão superficiais em sua vida e experiência. As opiniões de vossos companheiros vos podem ser de valor, mas não deveis confiar nelas, sem ter vossas próprias e definidas idéias. Deveis examinar as verdades que fostes levados a crer, até vos certificardes de que não contêm defeito algum. Perdeis muito quando não levais à lei e ao testemunho cada ponto da fé a que vos apegais, pois não vedes nem apreciais a verdade como é. Oh, que todos os nossos jovens apreciem o privilégio que Deus lhes deu! Ele deseja que vos dirijais à fonte de toda luz e sejais iluminados pelo Seu Espírito, que será dado a todo humilde investigador da verdade. Verificareis então que o Espírito e a Palavra concordam entre si e que sabeis o que é a verdade. Que segurança nos traz esse conhecimento! Sabendo que não seguistes fábulas artificialmente compostas, podeis então falar com poder, proclamando o que aprendestes ser a verdade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 58-61. Promessa de mais luz CES 34 1 Ao que está em viva comunhão com o Sol da Justiça, sempre se revelará nova luz sobre a Palavra de Deus. Ninguém deve chegar à conclusão de que não há mais verdades a serem reveladas. O que busca a verdade com diligência e oração encontrará preciosos raios de luz que ainda hão de brilhar da Palavra de Deus. Ainda se acham dispersas muitas gemas que devem ser reunidas para tornar-se propriedade do povo remanescente de Deus. Mas a luz não é conferida simplesmente para fortalecer a igreja, mas para iluminar os que estão em trevas. O povo de Deus deve anunciar os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Cristo declarou aos discípulos: "Vós sois a luz do mundo", e a missão da luz é resplandecer e dissipar as trevas. CES 34 2 Oh, que professores e alunos sejam o que o Senhor designou que fossem, ao dar por eles a vida, a fim de que se tornem filhos e filhas de Deus e conquistem a imperecível coroa de glória! -- Testimonies on Sabbath School Work, 53, 54. Novo sentido em textos familiares CES 34 3 Logo que o investigador da verdade abre a Bíblia para ler com reverência as palavras de Deus, possuído do ardente desejo de saber "o que diz o Senhor", luz e graça lhe serão dadas e elevará as maravilhas da lei divina. Não considerará a lei de Jeová como um jugo, mas como os graciosos mandamentos dAquele que é todo sabedoria e compaixão. Apressar-se-á a cumprir as exigências divinas. Grandes verdades negligenciadas e não apreciadas durante séculos, serão reveladas pelo Espírito de Deus e os textos familiares brilharão com novo significado. Cada página será iluminada pelo Espírito de verdade. A Bíblia não está fechada, mas aberta. São reveladas as mais preciosas verdades; os homens ouvem maravilhados os oráculos vivos que lhes despertam a consciência para a ação. Afastando-se dos marcos da Bíblia CES 35 1 Muitos conhecem tão pouco acerca da Bíblia, que sua fé é instável. Removem os marcos antigos, e as falácias e ventos de doutrina os levam para cá e para lá. A ciência, falsamente assim chamada, está minando os fundamentos dos princípios cristãos; e os que uma vez estavam na fé vão-se afastando dos marcos bíblicos e se divorciam de Deus enquanto ainda professam ser filhos Seus. -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1896. Os jovens fortalecidos contra heresias CES 35 2 As lições bíblicas, ensinadas em nossas escolas, são muito mais importantes do que muitos agora julgam. As crianças terão, num breve futuro, de enfrentar as heresias e fábulas que abundam no mundo cristão. Instruí a juventude com simplicidade, mas com grande exatidão. Nossa obra deve subsistir à prova do julgamento. Nessa idade, a juventude deve ser habilitada, pela graça de Cristo, a enfrentar e vencer os males que foram introduzidos na sociedade. Terão oportunidade de servir-se de todo conhecimento e influência adquiridos, e necessitarão de sabedoria celestial para deter a corrente de males que os rodeia. São inúmeros os defensores do erro e de doutrinas não escriturísticas. O mundo os induz a se esquecerem de Deus e a desprezar Suas reivindicações. A lei de Deus é calcada sob pés profanos. Todo jovem é responsável perante Deus por suas oportunidades e pela preciosa luz das Escrituras, que sobre ele brilha. -- Testimonies on Sabbath School Work, 22. Barreira contra a tentação CES 36 1 Deve haver vivo e crescente interesse em armazenar na mente a verdade bíblica. O precioso conhecimento assim obtido edificará uma barreira ao redor da alma. Embora assaltada por tentações, terá ela uma firme confiança em Jesus, mediante o conhecimento dAquele que nos chamou à glória e à virtude. -- Testimonies on Sabbath School Work, 12. Auxílio divino na investigação da verdade CES 36 2 Devemos investigar todos os pontos da verdade, pois não há limites à verdade de Deus, e tanto alunos como professores devem sentir mais vivo interesse em seu estudo, a fim de saber o que Deus disse. Durante anos tem-nos soado a voz divina: "Despertai, despertai, despertai!" Estudai cada ponto da verdade, para que saibais por vós mesmos qual a diferença entre a verdade e o erro. Examinem os estudantes por si mesmos, a fim de conhecer as coisas profundas de Deus. Esse trabalho deve ser feito no Espírito de Cristo. Não imponhais restrições aos estudantes. CES 37 1 No exame das Escrituras há necessidade de grande humildade de espírito e contrição de coração, de buscar fervorosamente a Deus. Os que buscam a verdade com espírito humilde serão, em sua pesquisa, ajudados pelos anjos de Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 55, 56. Culto insincero CES 37 2 Muitos que professam ser cristãos não fazem mais do que apenas crer na Palavra de Deus. Não a estudam fervorosamente, mas desperdiçam precioso tempo na leitura de romances. Mera compreensão intelectual da Palavra de Deus não será suficiente para influenciar os hábitos da vida, pois a vida é regulada pelas condições do coração. Depois de os professores da Escola Sabatina terem ensinado as lições da revelação externa, apenas iniciaram seu trabalho e não devem cessar os esforços antes de obter evidências de que os preceitos do Céu não só foram aceitos pelo entendimento do aluno, mas gravados no coração. -- Testimonies on Sabbath School Work, 57, 58. Estudo secundado de oração CES 37 3 Devemos exercer todas as faculdades do espírito no estudo das Escrituras, e adaptar a inteligência e compreender, até onde isto for possível a seres mortais, as profundezas de Deus; todavia não devemos esquecer que a docilidade e submissão de uma criança é o espírito que deve ser possuído pelo investigador da verdade. Dificuldades espirituais não podem ser resolvidas pelos mesmos métodos empregados na solução de problemas filosóficos. Não devemos abordar o estudo da Bíblia com aquela confiança própria com que muitos se embrenham nos domínios da ciência, mas com um espírito de humildade e de súplica, e com um sincero desejo de conhecer a vontade de Deus. Para obter conhecimentos do grande "Eu sou" devemos vir com um espírito humilde e dócil. De outro modo os espíritos maus hão de cegar-nos de tal modo os olhos e de tal modo nos endurecer o coração, que não seremos impressionados com a verdade. CES 38 1 Muitas passagens das Escrituras, que homens doutos consideram mistérios ou passam por alto como merecendo pouca importância, estão cheias de conforto para aquele que aprender na escola de Cristo. Uma das razões por que muitos teólogos não têm melhor compreensão da Bíblia é que eles fecham os olhos para as verdades que não lhes convém praticar. A boa inteligência da Bíblia não depende tanto da força intelectual posta ao serviço do seu estudo quanto da singeleza de propósito, do sincero desejo de conhecer a verdade. A Bíblia nunca deve ser estudada sem oração. Só o Espírito Santo é capaz de nos fazer sentir a importância daquelas coisas que são fáceis de compreender ou de prevenir-nos de desvirtuar as verdades de difícil compreensão. É a missão dos anjos celestiais preparar a nossa alma para uma compreensão da Palavra de Deus, de modo a sermos encantados por sua beleza, admoestados pelas suas advertências, e animados e confortados pelas suas promessas. Devemos fazer nossa a súplica do salmista: "Desvenda os meus olhos para que veja as maravilhas da Tua lei." Salmos 119:18. As tentações parecem muitas vezes irresistíveis porque, pela negligência da oração e do estudo da Bíblia, não ocorrem prontamente ao tentado as promessas de Deus para poder enfrentar a Satanás com as armas das Escrituras. Entretanto, os anjos divinos estão ao redor dos que são dóceis ao ensino de Deus; e em tempos de grandes provas eles hão de lembrar-lhes as verdades que eles necessitam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 121, 122. A maneira por que Deus comunica conhecimento CES 39 1 Dia a dia, obtinha Jesus conhecimentos da grande biblioteca que é a Natureza animada e inanimada. Aquele que criara todas as coisas, a cuja poderosa palavra montes e vales, rios e árvores foram trazidos à existência, era agora um filho da humanidade e estudava as lições que Sua própria mão escrevera nas folhas, flores e árvores. As parábolas mediante as quais, durante Seu ministério, Jesus ensinava Suas lições de verdade, mostram-nos como Seu espírito Se abria à suave influência da Natureza e como, durante os anos em que permaneceu oculto, deleitava-Se em acumular os ensinos espirituais tirados de tudo o que O rodeava na vida diária. A Jesus desdobrava-se gradualmente o significado das palavras divinas, ao meditar Ele, buscando compreender a razão de ser das coisas, como o pode fazer qualquer jovem. CES 40 1 Toda criança pode, como o fez Jesus, obter conhecimento das palavras da Natureza e das páginas da Santa Palavra de Deus. Ao procurarmos, mediante a Santa Palavra, tornar-nos familiarizados com nosso Pai celestial, anjos se aproximarão de nós, nossa mente será fortalecida, nosso caráter elevado e enobrecido, e seremos mais semelhantes ao Salvador. E, ao contemplarmos a formosura e magnificência das obras da Natureza, nossas afeições se volvem para Deus; conquanto o coração se atemorize e o espírito seja subjugado, a alma se fortalece por entrar em contato com o Infinito, mediante Sua maravilhosa criação. A comunhão com Deus, por meio da oração humilde, desenvolve e fortalece as faculdades mentais e morais, e as espirituais aumentam pelo cultivo de pensamentos acerca das coisas espirituais. CES 40 2 Os que se consagram a Deus de corpo, espírito e alma, purificando seus pensamentos pela obediência da lei divina, hão de continuamente receber nova provisão de poder físico e mental. Haverá sincero anseio por Deus e fervorosa oração, pedindo clara percepção para discernir a missão e o operar do Espírito Santo. Não somos nós os que devemos usar o Espírito Santo, mas Ele que nos deve usar a nós, moldando-nos cada faculdade. Como preparar-se para as provas futuras CES 40 3 Os servos de Cristo não devem preparar determinado discurso para apresentá-lo quando forem levados a juízo por causa de sua fé. Devem preparar-se dia a dia, entesourando no coração as preciosas verdades da Palavra de Deus, alimentando-se dos ensinos de Cristo e fortalecendo sua fé pela oração; então, quando levados a juízo, o Espírito Santo lhes trará à lembrança as verdades que hão de alcançar o coração dos que as ouvirem. CES 41 1 Qual relâmpago, trar-lhes-á Deus à memória, justo quando for necessário, o conhecimento obtido mediante diligente exame da Palavra divina. Mas se negligenciarem encher a mente com as gemas de verdade, se não se familiarizarem com as palavras de Cristo, se, na provação, nunca experimentaram o poder de Sua graça, não poderão esperar que o Espírito Santo lhes faça lembrar Suas palavras. Diariamente devemos servir a Deus com afeições não divididas, e então confiar nEle. -- Testimonies on Sabbath School Work, 105-107. Estudo diário da Bíblia CES 41 2 A Escola Sabatina oferece a pais e filhos preciosa oportunidade para o estudo da Palavra de Deus. Mas, a fim de receber o benefício que devem conseguir na Escola Sabatina, tanto os pais como os filhos precisam dedicar tempo ao estudo das lições, procurando obter um perfeito conhecimento dos fatos apresentados, bem como das verdades espirituais que esses fatos têm por fim ensinar. Devemos especialmente impressionar a mente dos jovens com a importância de compreender plenamente o significado do texto em estudo. ... CES 41 3 Pais, ponde de parte, diariamente, um pouco de tempo para estudar com vossos filhos a lição da Escola Sabatina. Se for necessário, renunciai à visita social de preferência a sacrificar a hora dedicada às preciosas lições da história sagrada. Tanto os pais como os filhos receberão benefício desse estudo. Fixem-se na mente, não como uma tarefa, mas como um privilégio, as mais importantes passagens escriturísticas, ligadas à lição. Embora a memória possa ser deficiente a princípio, fortalecer-se-á pelo exercício, de maneira que, depois de algum tempo, vos será um prazer entesourar as preciosas palavras de verdade. E o hábito provar-se-á valioso auxílio ao crescimento religioso. CES 42 1 Se o tempo que é mais que desperdiçado na tagarelice, na satisfação do orgulho e do apetite, fosse, com igual interesse, dedicado ao estudo da Bíblia, que animação seria dada às nossas Escolas Sabatinas! Mas, se os pais estão mais ansiosos em vestir os filhos à moda, que em lhes armazenar na mente as verdades da Palavra de Deus, os próprios filhos logo aprendem a considerar o vestuário e o ornamento de maior importância que as coisas que dizem respeito à sua salvação. ... CES 43 2 Sede metódicos no estudo das Escrituras em família. Negligenciai qualquer coisa de natureza temporal; renunciai toda costura desnecessária e toda provisão dispensável à mesa, mas assegurai-vos de que a alma seja alimentada com o pão da vida. É impossível avaliar os bons resultados de uma hora, ou mesmo de meia hora diária, dedicada à Palavra de Deus, de maneira alegre e social. Fazei da Bíblia seu próprio expositor, coligindo, relativamente a um dado assunto, tudo o que foi dito em tempos diferentes e sob variadas circunstâncias. Não seja vossa aula doméstica interrompida por causa de visitantes. Se chegarem durante o estudo, convidai-os a nele tomar parte. Mostrai que considerais mais importante obter conhecimentos da Palavra de Deus que assegurar lucros ou prazeres mundanos -- Testimonies on Sabbath School Work, 10, 11. Gravar na memória a lição CES 43 1 Como um meio de ensino intelectual, as oportunidades do sábado são incalculáveis. Que se aprenda a lição da Escola Sabatina, não olhando rapidamente ao texto da mesma no sábado de manhã, mas estudando cuidadosamente para a próxima semana, no sábado à tarde, com recapitulação diária ou ilustração durante a semana. Assim a lição se fixará na memória, como um tesouro que jamais se perderá completamente. -- Educação, 251, 252. Nosso alimento espiritual diário CES 43 2 Precisamos compreender as palavras de Cristo: "A carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." A Santa Palavra aceita e praticada na vida. A vida espiritual consiste em ser Cristo a luz e a vida do templo da alma, como o sangue é a vida do corpo. Todos os que estudam a Palavra são representados como comendo a Palavra e se alimentando de Cristo. ... Assim como as necessidades do corpo devem ser supridas diariamente, deve a Palavra de Deus ser diariamente estudada -- comida, digerida e praticada. Isto mantém a nutrição, a fim de que a alma seja conservada com saúde. A negligência da Palavra significa inanição para a alma. A Palavra descreve o bem-aventurado como alguém que medita dia e noite sobre as verdades da Palavra de Deus. Todos nos devemos assentar ao banquete da Palavra divina. A relação entre a Palavra e o crente é de vital importância. O apropriarmo-nos da Palavra para nossas necessidades espirituais é comer das folhas da árvore da vida que são para a saúde das nações. Estudai a Palavra e praticai-a, pois ela é a vossa vida. -- Ellen G. White, Carta 4, 1902. Cooperação no lar CES 44 1 Conquanto seja essencial que o professor faça sábios e pacientes esforços, o trabalho não deve ser deixado somente a cargo do obreiro da Escola Sabatina ou da igreja, mas deve ter seu alicerce e apoio no lar. Aos pais é confiado um santo encargo e deles se requer que assumam sua responsabilidade no temor de Deus, velando pela alma dos filhos como quem deve dar contas. CES 44 2 O trabalho missionário no lar tem sido estranhamente negligenciado. Os que têm tido os maiores motivos para demonstrar fervorosa solicitude pela salvação dos filhos, têm-se mostrado indiferentes a suas responsabilidades, considerando levianamente as necessidades de seus familiares. Muitos homens e mulheres têm transferido ao obreiro da Escola Sabatina ou à influência da igreja a responsabilidade que Deus lhes deu como pais. Mas a cada pessoa foi designada a sua obra, e os pais que negligenciarem sua parte, serão pesados na balança e achados em falta. CES 45 1 A instrução que Cristo deu aos filhos de Israel, da coluna de nuvem, mostra o dever dos pais, e ela não é indefinida, nem de difícil compreensão. Essa instrução é para nossa admoestação e ensino. "Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos." Em todas as obras de suas mãos, deviam lembrar-se do mandamento do Senhor, o qual, embora não lhes estivesse literalmente atado às mãos, devia influenciar cada transação de sua vida, servindo-lhes também de testeiras entre os olhos. Deviam meditar na verdade dos mandamentos de Deus e ser governados por seus princípios. "E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas; para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a Terra." ... Ensinai a modéstia e a humildade CES 45 2 A direção dada a Moisés pelo Filho de Deus, relativamente à instrução dos filhos de Israel, é hoje tão essencial como foi outrora e os pais devem segui-la tão diligentemente como o antigo povo de Deus. A religião deve estar entretecida em toda a vida doméstica, se quisermos ver os resultados designados por Deus como os frutos de seguir Seu caminho. O orgulho, o amor-próprio e a ousadia são características dos filhos destes dias e representam a maldição do século. Dói-me o coração ao ver por toda parte essa manifestação rude, anticristã, e ao verificar que pais e professores procuram exibir a capacidade e proficiência de seus filhos e alunos, pois sei que deviam seguir exatamente a direção oposta. CES 46 1 Os pais e professores cujo conhecimento é obtido da Bíblia, e que, em espírito e obras, se deixam governar por seus santos princípios, não precisam desviar-se e ser encontrados em atalhos proibidos. Tanto no lar como na Escola Sabatina, é preciso ensinar às crianças as mais sagradas lições de modéstia e humildade, instruindo-as quanto às elevadas exigências da lei divina e à responsabilidade que têm perante Deus. As lições apresentadas devem ser de tal caráter que as crianças sejam habilitadas a ser úteis nesta vida e obter um lugar no futuro reino imortal. CES 46 2 "Amarás pois ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. E estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te." Essas palavras definem claramente o dever de pais e professores; se seguirem essa instrução, não deixarão de ver os melhores resultados. Consequência do fracasso dos pais CES 47 1 Quão diverso seria o relatório bíblico da história de Israel, nação tão altamente favorecida pelo Senhor, se tivessem seguido a instrução que o Filho do Deus vivo lhes havia dado da coluna de nuvem! Mas não obedeceram diligentemente às suas admoestações. Deixaram de ensinar a seus filhos os reclamos divinos e os tristes resultados nos são apresentados numa nação rejeitada por Deus. Separaram-se tanto da sabedoria divina que, ao aparecer o grande Mestre Jesus, o Redentor do mundo, clamaram: "Tira-O! Tira-O! Crucifica-O!" A tradição dos homens era mais altamente reverenciada que os mandamentos de Deus. As práticas falsas e humanas invenções haviam substituído o ensino puro de Deus. Aquilo que devia fazer parte de seu próprio ser, era considerado de pouca consequência e pouco valor. CES 47 2 Quando Cristo veio ao mundo para exemplificar a verdadeira religião, exaltando os princípios que devem governar o coração e as ações dos homens, de tal maneira havia a falsidade se apoderado dos que tinham tão grande luz, que não mais compreendiam a luz nem desejavam substituir a tradição pela verdade. Rejeitaram o Mestre celestial e crucificaram o Senhor da glória, para que pudessem reter seus próprios costumes e invenções. O mundo manifesta hoje o mesmo espírito. Os homens são contrários à investigação da verdade, pelo receio de que as tradições sejam perturbadas e introduzida nova ordem de coisas. Há, na humanidade, uma constante propensão ao erro e os homens naturalmente se inclinam a exaltar as idéias e o conhecimento humanos, não discernindo nem apreciando o que é divino e eterno. Rejeitada a mensagem de Cristo CES 48 1 Aos que não tinham preconceitos, as palavras de Cristo eram como luz vinda do céu. "Nunca homem algum falou como esse homem." Ao serem apresentadas pelo grande Mestre as absorventes realidades do futuro eterno, as coisas perecíveis deste mundo eram eclipsadas. Com quanta ansiedade recebiam a verdade os que tinham orado pedindo luz! Mas os orgulhosos e os justos a seus próprios olhos não Lhe aceitavam a mensagem. -- Testimonies on Sabbath School Work, 35-39. Os pais como educadores CES 48 2 O lar deve tornar-se uma escola de instrução em vez de um lugar de trabalho monótono. As noites devem ser consideradas como preciosas ocasiões a serem devotadas à instrução dos filhos no caminho da justiça. Mas quantas crianças são tristemente negligenciadas! Não são, no lar, educadas a compreender a verdade divina nem preparadas para amar a justiça e exercer juízo. Devem ser pacientemente instruídas, para que compreendam as leis que as governam e conheçam o motivo de suas ações. Devem ser levadas em harmonia com as leis do Céu e a amar a verdade como é em Jesus. Desse modo podem elas ser preparadas para associar-se com os anjos e ficar em pé na presença do adorável Redentor. CES 49 1 Em toda alma humana podem ser implantadas corretas esperanças e aspirações, e a juventude pode ver beleza no caminho da santidade. Em cada caso, ao tratar com os jovens, será necessário empregar certas medidas, a fim de prepará-los, cultivá-los e aperfeiçoá-los para a mais elevada utilidade na vida. Quão poucos apreciam o valor dos talentos que Deus lhes concedeu! Quão poucos pais e educadores compreendem que, só mediante viva conexão com a Fonte de toda sabedoria, poder e santidade, pode haver pleno desenvolvimento da mente e do coração! A verdade é infinita e aquele cuja mente for iluminada e guiada pelo Espírito de Deus, irá de força em força, achando que seu caminho resplandece mais e mais até ser dia perfeito. Rumo da terra, ou do céu CES 49 2 Mas, conquanto sejamos capazes de progredir no conhecimento e na verdade, não percamos de vista que podemos retroceder bem como avançar. Podemos ir tanto em direção à Terra como ao Céu. Há muitas almas que vacilam entre o caminho do Céu e o do inferno. Há sutis e enganadoras influências que desviam almas de Deus e das coisas celestiais. É necessário que todos sejam cuidados desde os mais tenros anos até à juventude e idade madura. Especialmente os que conhecem o perigo do mal, bem como o amor e interesse de Deus por toda alma, devem tornar sua preocupação o velar por almas como quem deve prestar contas. CES 50 1 Como Abraão, devem os pais ordenar sua casa para que observe o caminho do Senhor. Se isso não for feito, Satanás alegremente se encarregará do trabalho do pai, e educará a criança a seu bel-prazer; e, oh, quanto lhe é deixado desse trabalho! Cumpram os pais seu dever para com os que deles dependem, moldando-lhes o caráter segundo o Modelo divino. Com fé viva e inteira confiança em Deus, façam eles a parte que lhes é designada e Deus fará a Sua, acrescentando à igreja milhares de crianças que agora estão sem Deus e sem esperança no mundo. Preocupação pela conversão da juventude CES 50 2 Quando a conversão da juventude for a grande e íntima preocupação de pais e professores, serão feitos constantes esforços para disciplinar o caráter e dirigir pelas normas celestiais os gostos e desejos. Toda alma é suscetível de ser edificada em sólidas virtudes. Toda alma pode alcançar alturas, profundidades e larguras de conhecimento nas coisas espirituais, e ser preparada para a vida mais elevada. Quando, com o único objetivo de glorificar a Deus, derem os pais os primeiros passos, tornando tanto quanto possível simples e naturais seus hábitos no comer vestir e viver, haverá ordem no lar, as crianças não serão negligenciadas e será dedicado tempo à sua instrução e desenvolvimento. CES 51 1 As crianças devem ser rodeadas pelas melhores influências e associações. Os pais que, no temor e amor de Deus, se empenharem nessa obra, vigiarão cada palavra, para que nada ouçam que os desgoste, quando sua própria conversa for repetida pelos filhos. Procurarão, mediante elevada instrução moral, suprir a fraqueza, ignorância e deficiência dos filhos, a fim de que cresçam fortes na pureza, com bem estabelecidos hábitos que tendam à saúde e felicidade. Com uma educação assim, acumularão aquela espécie de conhecimento que aperfeiçoará o caráter em simetria e força. Negligência de perigosos resultados CES 51 2 Se a juventude for deixada a adquirir a esmo uma educação, achará que todas as facilidades lhe serão apresentadas. De uma variedade de fontes será o conhecimento do mal transmitido à mente e talvez nunca possa ser completamente apagado na vida posterior. Quando os pais negligenciam o dever de colocar o fundamento no caráter de seus filhos, trazendo os melhores princípios como vigas desse edifício, essa negligência será suprida pelo inimigo de Deus e do homem, e a juventude tornar-se-á indiferente à virtude e à verdade. O lar deve ser o mais agradável lugar no mundo. Que são o exterior e o artificial comparados ao verdadeiro e natural? O Senhor deu às crianças faculdades que requerem a mais cuidadosa educação por parte de pais e professores. CES 52 1 Aqueles a quem Deus confiou a responsabilidade de disciplinar a juventude devem estar em condições de cooperar com Ele no desenvolvimento dos preciosos dons do espírito e do coração, a fim de alcançarem aquela espécie de conhecimento que proporcionará crescente força e será uma aquisição que poderá ser levada para a futura vida imortal. ... Obra da mais alta importância CES 52 2 O moldar o caráter de crianças e jovens é uma obra da mais alta importância, na qual é essencial apresentar a Cristo em Seu incomparável amor, para que Seus encantos, mais fortes que as atrações do mundo, eclipsem as mesmas. A juventude deve ver, não somente uma teoria, embora lógica, mas o adorável caráter e glória de Cristo. Devem ser levados a contemplar as riquezas do mundo eterno, até serem animados e ganhos. O amor de Jesus deve ser o motivo de todo esforço. Ele impele, constrange, cativa. -- Testimonies on Sabbath School Work, 101-105. Os pais na Escola Sabatina CES 52 3 A Escola Sabatina oferece preciosas oportunidades e privilégios aos jovens. Os pais devem prezar altamente essas vantagens e mostrar aos filhos que as apreciam. Se não manifestarem eles mesmos decidido interesse na escola, não podem esperar isto dos filhos. Na Escola Sabatina, tanto os pais como os filhos podem ser alunos. Ambos devem buscar o conhecimento das Escrituras. Outros livros devem ser secundários. Cristo disse: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." Temos todos nós o dever de nos familiarizar mais com as profecias, e de possuir mais integral conhecimento das lições práticas de Cristo. Se somos meramente leitores desinteressados das Escrituras, não nos podemos tornar entendidos nas verdades aí contidas. Estudar a lição cada dia CES 53 1 Devem os pais examinar as Escrituras com seus filhos. Devem eles mesmos familiarizar-se com as lições; então podem ajudar os filhos a aprendê-las. Uma porção do tempo de cada dia deve ser reservada ao estudo das lições, não meramente para aprender a repetir maquinalmente as palavras, ao passo que a mente não lhe apreende o significado, mas para ir ao próprio fundamento e tornar-se familiar com o que a lição pretende ensinar. A indiferença dos filhos é, em muitos casos, atribuível à conta dos pais. Estes são indiferentes, e os filhos lhes assimilam o espírito. Se os pais mostrarem que atribuem importância à Escola Sabatina, a ela concedendo preeminência e manifestando respeito, os filhos geralmente lhes copiarão o exemplo. Ensinar a observância do Sábado CES 54 1 Devem os pais ter um cabal entendimento com os filhos, no sentido de que as horas sagradas do sábado devem ser usadas para a glória de Deus. Devem levantar-se com o Sol e ter tempo bastante para se prepararem para a Escola Sabatina sem atropelos e perda talvez do controle. Se os devidos preparativos foram feitos previamente, haverá abundância de tempo para a recapitulação da lição estudada durante a semana; e tanto os pais como os filhos poderão ir à Escola Sabatina com a segurança de haverem aprendido bem a lição. Cristo aprecia as crianças CES 54 2 Jesus Se interessava pelas crianças. Ele não entrou em nosso mundo como um adulto plenamente amadurecido. Se assim tivesse sido não teriam as crianças Seu exemplo para copiar. Cristo foi criança; passou pela experiência de uma criança; experimentou os desapontamentos e os percalços que experimentam as crianças; conhecia as tentações das crianças e jovens. Mas Cristo foi em Sua meninice e juventude um exemplo para todas as crianças e jovens. Na meninice Suas mãos se empenharam em trabalho útil. Na juventude trabalhava na oficina de carpinteiro com Seu pai e a eles esteve sujeito, dando assim em Sua vida uma lição a todas as crianças e jovens. Se Cristo não tivesse sido nunca uma criança, os jovens poderiam agora pensar que Ele não simpatizasse com eles. Mas Ele viveu para seu exemplo, e todas as crianças e jovens podem encontrar em Jesus alguém a quem levar todas as suas mágoas e todos os seus desapontamentos, e nEle encontrarão um Amigo que os ajudará. CES 55 1 Jesus ama as criancinhas. Quando as mães levaram a Ele seus pequeninos, os discípulos procuraram afastá-las. Mas Jesus repreendeu-os, e disse: "Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Tomou-os então em Seus amoráveis braços e os abençoou. Os pais e professores que não amam as crianças ou que com elas não têm paciência são dignos de lástima, pois não possuem a mente de Cristo. Os que procuram agregar as crianças na Escola Sabatina estão fazendo uma boa obra, justamente a que o Mestre tem prazer que façam. A mente em expansão, mesmo das criancinhas, pode compreender muito dos ensinos de Cristo, e é susceptível de ser ensinada a amá-Lo com toda a sua ardente afeição. Devem os pais e professores semear junto a todas as águas, e se fielmente o fizerem poderão ter afinal uma colheita de almas. E quando virem as almas por quem trabalharam, junto ao grande trono branco, vestidas de branco, com coroas e harpas de ouro, sentirão que seus esforços não foram em vão. O "bem está, servo bom e fiel", soará aos seus ouvidos como suave melodia. -- The Signs of the Times, 23 de Junho de 1881. Tomar tempo para o estudo da lição CES 56 1 Há muitas crianças que alegam falta de tempo como razão para não estudar as lições da Escola Sabatina, mas existem poucas que não achariam tempo para esse estudo, se por ele se interessassem. Algumas dedicam tempo a entretenimentos e passeios; outras, a desnecessários adornos de vestidos, cultivando assim o orgulho e a vaidade. Pertencem a Deus as preciosas horas prodigamente gastas, pelas quais terão de prestar-Lhe contas. As horas gastas em ornamentação desnecessária, em diversões e ociosa conversação, serão trazidas a juízo juntamente com toda obra. -- Testimonies on Sabbath School Work, 8. Os pais devem ajudar os filhos CES 56 2 Os pais devem sentir ser sagrado o dever de instruir seus filhos nos estatutos e exigências de Deus, bem como nas profecias. Devem educar as crianças no lar, interessando-se eles mesmos nas lições da Escola Sabatina. Ao estudar com as crianças, mostram que dão importância à verdade apresentada nas lições, ajudando a criar gosto pelo conhecimento bíblico. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111. CES 56 3 Façam os pais a sua parte, não só ajudando os filhos em seu estudo, mas familiarizando-se eles mesmos com as lições. A Bíblia é nosso compêndio. Pais, professores e alunos precisam conhecer melhor as preciosas verdades contidas tanto no Antigo como no Novo Testamentos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14. Mais importante que a escola diária CES 57 1 Maior cuidado que o exercido para ver se estão preparadas as lições da escola diária, deve ser tomado pelos pais para ver se os filhos sabem as lições escriturísticas, que devem ser aprendidas com maior perfeição que as das escolas comuns. Se pais e filhos não vêem necessidade nesse interesse, seria melhor que os filhos ficassem em casa, pois a Escola Sabatina não lhes será uma bênção. Pais e filhos devem trabalhar em harmonia com o diretor e os professores, demonstrando assim que apreciam o esforço feito em seu favor. Os pais devem ter especial interesse na educação religiosa dos filhos, a fim de que eles adquiram mais profundo conhecimento das Escrituras. -- Testimonies on Sabbath School Work, 8. O estudo diligente ricamente recompensado CES 57 2 A acurada dedicação dos estudantes hebreus [Daniel e seus companheiros] sob a orientação divina, foi ricamente recompensada. Como fizessem diligente esforço para conseguir o conhecimento, o Senhor lhes deu sabedoria celestial. O conhecimento por eles alcançado foi-lhes de grande vantagem quando colocados em posição extrema. O Senhor Deus do Céu não supre deficiências resultantes de indolência mental e espiritual. Quando os instrumentos humanos exercitarem suas faculdades para adquirir conhecimento, a fim de se tornarem profundos pensadores; quando, como as maiores testemunhas de Deus e da verdade, tiverem feito conquistas no campo da investigação de doutrinas vitais concernentes à salvação da alma, de maneira que o Deus do Céu seja glorificado como supremo, então até juízes e monarcas serão levados a reconhecer, nas cortes de justiça, nos parlamentos e conselhos, que o Deus que fez o céu e a Terra é o único Deus, vivo e verdadeiro, o autor do cristianismo e de toda a verdade, Aquele que instituiu o sábado do sétimo dia quando foram postos os fundamentos da Terra, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam. -- Fundamentos da Educação Cristã, 374, 375. ------------------------Capítulo 3 -- Instrumento ganhador de almas O mais alto objetivo CES 61 1 O objetivo da Escola Sabatina deve ser a conquista de almas. Pode ser impecável a organização do trabalho e as facilidades nada deixarem a desejar; mas se as crianças e jovens não forem levados a Cristo, a escola será um fracasso, pois a menos que as almas sejam levadas a Seus pés, serão cada vez menos impressionáveis sob a influência de uma religião formal. O professor deve cooperar, ao bater à porta do coração dos que necessitam de auxílio. Se os alunos atendem ao pleitear do Espírito e abrem a porta do coração para que Jesus possa entrar, Ele lhes abrirá o entendimento para compreenderem as coisas de Deus. É simples o trabalho do professor, mas se for feito no Espírito de Jesus, a operação do Espírito de Deus o tornará profundo e eficiente. CES 61 2 Muito mais trabalho deveria ser feito na Escola Sabatina. A necessidade dessa espécie de trabalho não é reconhecida e apreciada como deveria ser. Com o coração cheio de gratidão pelo amor de Deus comunicado à alma, deve o professor trabalhar terna e fervorosamente pela conversão de seus alunos. Salvação pessoal, depois serviço CES 62 1 Que evidência podemos dar ao mundo de que a Escola Sabatina não é mera pretensão? Será julgada pelos seus frutos. Será estimada pelo caráter e trabalho dos alunos. Em nossas Escolas Sabatinas devem-se confiar responsabilidades aos jovens, para que desenvolvam sua capacidade e obtenham poder espiritual. Entreguem-se os jovens primeiramente a Deus e ensine-se-lhes depois a ajudar os outros. Esse trabalho lhes exercitará as faculdades, habilitando-os a aprender, a planejar e executar seus planos para o bem de seus companheiros. Procurem eles a companhia dos que necessitam de auxílio, não para se entregarem a fúteis conversações, mas para representarem o caráter cristão, para colaborarem com Deus, ganhando os que a Ele ainda não se entregaram. ... Zelo proporcional ao privilégio CES 62 2 Estamos tristemente atrasados em nosso dever de nos esforçarmos por auxiliar a juventude. Possuímos grande luz, mas faltam-nos zelo e fervor proporcionais aos privilégios de que gozamos. Devemos erguer-nos acima da fria atmosfera de descrença que nos rodeia, aproximando-nos de Deus para que Ele Se aproxime de nós. CES 62 3 É preciso educar os jovens para trabalharem pela salvação de almas; e, ao educá-los para essa obra, aprenderemos também a trabalhar com mais êxito, tornando-nos instrumentos eficientes nas mãos de Deus para a conversão de nossos alunos. Devemos estar possuídos do espírito de trabalho fervoroso, apegando-nos a Cristo e reclamando-O como nossa única eficiência. Dilatemos nossa mente, para termos uma adequada compreensão das coisas que dizem respeito à vida eterna. Nosso coração deve ser abrandado e subjugado pela graça de Cristo, para que nos tornemos verdadeiros educadores. CES 63 1 Indaguem os superintendentes e professores: Creio eu na Palavra de Deus? Estou eu me entregando Àquele que Se deu a Si mesmo por mim, sofrendo a cruel morte de cruz, para que eu não perecesse, mas tivesse a vida eterna? Cremos nós que Jesus está atraindo as almas ao nosso redor, mesmo as impenitentes que não Lhe correspondem a esse poder que atrai? Com a alma contrita, dizei então: "Senhor, eu atrairei com toda a força de minha influência, eu atrairei outros a Ti. Confio em Ti, e só em Ti, para tocar e subjugar o coração pelo poder do Espírito Santo." -- Testimonies on Sabbath School Work, 47-50. Importantíssima lição CES 63 2 Se os jovens, que são fortes, exercitarem as faculdades no estudo da Bíblia, armazenarão na mente valioso conhecimento, que resplandecerá como luz sobre as pessoas com quem se associarem. A Escola Sabatina deve ser o lugar em que os que tenham progredido no conhecimento divino, sejam capazes de inculcar novas idéias com relação à fé do povo de Deus. CES 64 1 Quando todos os que professam ser cristãos o forem em obra e verdade, a Escola Sabatina não será mais um serviço enfadonho. Os professores compreenderão a lição dada por Cristo a Nicodemos, ensinando-a em toda a sua importante influência sobre o destino humano. Jesus declarou ao mestre de Israel: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." A não ser que o homem nasça de novo, nunca poderá compreender o caráter do reino celestial nem discernir-lhe a natureza espiritual. Nessas palavras, Cristo dizia a Nicodemos: CES 64 2 "Não precisas tanto de ciência como de renovação interior. Tens maior necessidade de um novo coração do que de satisfazer tua curiosidade, e antes que se verifique essa mudança, fazendo novas todas as coisas, nenhum benefício receberás se discutir contigo Minha autoridade, Meu trabalho, Minha missão como O que traz as credenciais do Céu." Conhecer a verdade e transmiti-la a outros CES 64 3 A lição dada por Cristo a Nicodemos é importante para cada professor, cada obreiro da Escola Sabatina, cada jovem e criança. Certamente é importante que nos familiarizemos com as razões de nossa fé, mas o conhecimento experimental acerca do que significa nascer de novo, é o mais importante a ser obtido. A grande necessidade de nossa Escola Sabatina é da luz da vida. Através de todas as nossas fileiras, necessitam-se homens e mulheres que tenham aprendido aos pés de Jesus, o que seja a verdade e como apresentá-la a outros. Requerem-se, como educadores de nossos jovens na Escola Sabatina, homens santos que tenham humildade e permaneçam em Cristo. A maior necessidade CES 65 1 Nicodemos foi ter com o Senhor, pensando entrar em longa discussão relativamente a pontos sem importância, mas Jesus descobriu-lhe os princípios básicos da verdade, mostrando-lhe que sua primeira necessidade era a de humildade, de espírito suscetível de ensino, de um novo coração; precisava, enfim, nascer de novo, se quisesse entrar no reino de Deus. Acaso não há, em nossas Escolas Sabatinas, os que exercem cargos de responsabilidade e que ficariam irritados e aborrecidos se eu lhes testificasse que também necessitam nascer de novo, embora sejam mestres em Israel? Nicodemos se maravilhou de que Cristo lhe falasse da maneira em que o fez, sem respeitar-lhe a posição de mestre em Israel. Não estando preparado para receber a verdade, respondeu-Lhe em palavras cheias de ironia. "Disse-Lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?" Como muitos fazem, revelou ele o fato de que, ao ser levada à consciência a penetrante verdade, o homem natural não apreende as coisas que são do Espírito de Deus. Não há, neles, nada que corresponda às coisas espirituais, que se discernem espiritualmente. Mas, embora Nicodemos não Lhe entendesse as palavras, Jesus não Se impacientou nem desanimou. Procurou tornar mais clara Sua exposição da verdade. Com calma e solene dignidade, repetiu Suas palavras, de maneira a convencer Nicodemos de sua divina veracidade: "Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." Como fonte viva CES 66 1 Todo cristão verdadeiro é uma fonte viva, recebendo sempre das inexauríveis torrentes de graça, sempre refrigerado e sempre refrigerando os que o cercam. Os que são coobreiros de Deus manifestam um espírito missionário; pois estão sempre recebendo, a fim de que possam estar sempre dando aos outros a luz e bênção do Céu. Os que abrem o coração para receber abundantemente, serão capazes de dar abundantemente.* CES 66 2 Quão triste é pensar que na Escola Sabatina se faz grande soma de trabalho maquinal, ao passo que é pequena a evidência de haver transformação moral na alma dos que ensinam e dos que são ensinados! Quando a operação do Espírito divino for sentida no coração, veremos muitos buscando, com fervor e em primeiro lugar, o reino de Deus e Sua justiça. Então as coisas terrenas tomarão seu devido lugar subordinado e as celestiais serão supremas nas afeições dos filhos de Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 72. O que a causa mais necessita CES 67 1 Qual é o caráter da experiência religiosa dos que tomam parte na Escola Sabatina? A luz da verdade tem brilhado na mente e coração de professores e alunos, para que a difundam entre os que estão sem Cristo. A mensagem salvadora deve ser dada aos que ainda não abriram o coração para receber o dom celestial. A verdade deve ser levada insistentemente à atenção dos que parecem indiferentes. Se todos sentissem responsabilidade pelas almas por quem Cristo morreu, quão intenso seria o interesse em cada instrumento empregado para a salvação de almas! CES 67 2 Quão pouco pensaríamos em condescendência própria, ornamentos de vestuário e procura de prazeres! Quão pouco dinheiro seria dispendido em entretenimentos, se compreendêssemos a importância de inverter nossos meios na causa de Deus, que requer cada centavo que não seja preciso para as necessidades reais. CES 67 3 Orai para que o Espírito Santo vos penetre o coração, e então levareis o jugo de Cristo e Sua carga, crescendo em completa união com Ele. Nossa visão é demasiado estreita e precisa ser alargada para compreendermos as necessidades da causa. CES 67 4 A maior necessidade da obra é a de moços e moças consagrados, que sintam responsabilidade pessoal pelo avançamento da causa e cooperem com as instrumentalidades divinas, para dissipar a treva moral do mundo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 57. O efeito da verdade CES 68 1 Os princípios da verdade gravados no coração, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, produzirão corretas ações. A Bíblia contém as penetrantes máximas dadas por Deus para guiar ao Céu homens, mulheres, jovens e crianças, através dos conflitos desta vida. "Santifica-os na verdade: a Tua Palavra é a verdade", foi a oração de Cristo. Embora iluminada pelo estudo da Bíblia, é tal a natureza dos jovens que será inútil toda tentativa no sentido de os elevar e enobrecer, a menos que pratiquem na vida diária a verdade de que têm conhecimento. Sobre os pais repousa a séria responsabilidade de cooperar com os professores na Escola Sabatina. CES 68 2 Há corações que o Senhor tocou com Seu Santo Espírito. Logo que a graça comece a operar na alma, o coração é humilhado e subjugado; não há luta pela supremacia, extingue-se o pecado; existe tal intuição do amor de Cristo em dar Sua vida pelos pecadores que não há desejo de exaltação própria. O converso vê que seu Redentor viveu uma vida de humildade e deseja seguir-Lhe as pegadas. Desperta-se-lhe no coração o espírito missionário; e ao andar humilde e circunspectamente, de acordo com sua fé, não descansará antes de empenhar-se na obra de salvar almas para Cristo. Deseja que todos conheçam a preciosidade do amor do Salvador. -- Testimonies on Sabbath School Work, 25. Uma pergunta para todo professor e estudante CES 69 1 Estudando as Escrituras, manifestando abnegado interesse por outros, fazendo o que é do agrado do Salvador, crescereis na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador. Seja esta a indagação de todo professor e aluno: "Que posso fazer para servir fielmente Àquele que morreu para que eu pudesse viver?" Eis a resposta do Mestre: "Buscai e salvai os perdidos." Deveis trabalhar como o fez Cristo: com paciência, interesse, determinação, a fim de que não vos desanimeis ao trabalhar para o tempo e a eternidade, crendo que Jesus pode fazer muito mediante a capacidade humana consagrada a Seu serviço. Poderíamos desejar privilégio mais elevado que o de sermos coobreiros de Deus, aproveitando o máximo possível as faculdades que nos foram confiadas, a fim de que esta obra seja finalizada? CES 69 2 Se moços e moças forem prudentes, cultivando a piedade e devoção, sua luz incidirá sobre outros e a igreja terá vital poder. Seria bom haver uma hora designada para estudo bíblico, em que os jovens, tanto os convertidos como os inconversos, se reunissem para orar e relatar suas experiências. A juventude deve ter oportunidade de expressar seus sentimentos. Seria proveitoso escolher primeiramente um guia prudente, que fale pouco e anime bastante, dizendo palavras que ajudem e fortaleçam a juventude no começo de sua experiência religiosa. Depois de obterem alguma experiência, devem os próprios jovens, um após outro, assumir essa direção, preparando-se assim para serem obreiros aprovados por Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 47, 48. São prometidas força e sabedoria CES 70 1 Que todo obreiro fiel e honesto de coração seja animado a continuar a trabalhar, tendo em vista que cada um será recompensado segundo as suas obras. Trabalhai com o único objetivo de glorificar a Deus. Não recuseis assumir responsabilidades, por terdes um sentimento de vossa fraqueza e ineficiência. Deus pode dar-vos força e sabedoria, se sois consagrados a Ele e vos conservais humildes. Que ninguém, por negligência, recuse trabalhar nem se adiante, impondo seus serviços quando não é desejado. O dever de trabalhar por outros CES 70 2 Que todo obreiro fiel seja grato a Deus pela honra de trabalhar pelo Mestre. Espreitai as oportunidades de praticar o bem e aumentai os talentos que Deus vos deu, buscando diariamente a graça que vos habilite a fazê-lo. CES 70 3 As oportunidades perdidas no passado, bem vos podem humilhar até ao pó, levando-vos a vigiar cuidadosamente, para não deixar passar ocasiões de ser uma bênção para os outros. Quantas vezes chegou a hora de trabalhar, mas o obreiro não estava em seu posto! Poderiam ter sido ditas palavras que ajudariam e fortaleceriam almas fracas, que lutavam sob a tentação, mas nunca foram proferidas. Poderiam ter-se desenvolvido bem dirigidos esforços pessoais, que salvariam uma alma da morte, cobrindo uma multidão de pecados, mas ninguém havia que fizesse o trabalho. Os negligentes terão de defrontar sua negligência no dia de Deus. Preciosíssimo é o sangue de Cristo, o qual nos purifica de todo pecado. O sentimento do amor redentor de Cristo deve levar-nos a abraçar toda oportunidade de fazer o bem. Estes momentos são excessivamente preciosos, quando empregados para glória de Deus. Os que buscam riquezas terrestres, espreitam cuidadosa e constantemente as oportunidades de alcançar o desejado objetivo, e os obreiros de Cristo não devem ser menos fervorosos na conquista de almas. Poderão ser colaboradores de Cristo, se Lhe imitarem o exemplo, fazendo o bem a todos os que estiverem na esfera de sua influência. CES 71 1 Por amor de Cristo, devem os professores e dirigentes da Escola Sabatina ser homens e mulheres que amem e temam a Deus; que compreendam a responsabilidade de sua posição, como os que velam pelas almas e precisam dar conta a Deus da influência que exercem sobre os que estão ao seu cuidado. Fé nas promessas de Deus CES 72 1 Devemos crescer na fé, do contrário não poderemos ser transformados à imagem divina, nem amar e obedecer às exigências de Deus. Orai com lábios não fingidos: "Senhor, aumenta-me a fé; dá-me luz divina, pois sem Teu auxílio nada posso fazer." Chegai-vos humildemente e inclinai-vos diante de Deus; abri perante o Senhor vossa Bíblia contendo as promessas divinas; apegai-vos a elas; fazei com Deus um concerto de que haveis de cumprir Suas exigências; dizei-Lhe que credes, sem qualquer outra evidência a não ser a simples promessa. Isso não é presunção, mas a menos que trabalheis com zelo e sejais fervorosos e resolutos, Satanás obterá vantagem e sereis deixados em trevas e na incredulidade. CES 72 2 As palavras e promessas divinas são o único fundamento de nossa fé. Tomai a Palavra de Deus como verdade, como uma voz viva que vos fala, e obedecei fielmente a todos os seus reclamos. Fiel é o que prometeu. Deus cooperará com os esforços dos diretores e professores. A fraqueza de nossa fé é o que nos limita as bênçãos. Deus não tem má vontade em dar; Ele tem reservas de poder. Devemos ser mansos e humildes de coração. Diariamente podemos ter ricas evidências de Seu amor e misericórdia em nossos abnegados esforços de fazer o bem a outros. Rogo aos obreiros de nossas Escolas Sabatinas que se revistam de toda armadura de Deus e demonstrem sua fidelidade, como bons soldados de Jesus Cristo. Deus recompensará todo trabalho que for feito para Sua glória. -- Testimonies on Sabbath School Work, 26-29. Os cultos devem ser espiritualizados CES 73 1 A fim de fazermos a vontade de Deus, precisamos examinar Sua Palavra, pondo nessa tarefa toda capacidade a nós confiada, a fim de conhecermos Sua doutrina. Devemos ser diligentes em oração e fervorosos em servir a Deus simplesmente e de todo o coração. Os que se empenham como professores da Escola Sabatina, devem ter fome e sede da verdade divina, para transmitir esse Espírito aos que estão sob seu cuidado, levando-os a buscar a verdade como a tesouros escondidos. Não quero que nossas Escolas Sabatinas sejam dirigidas de maneira a tornar hipócritas os alunos, pois isso não pode promover os interesses da verdadeira religião. Para que o Espírito do Senhor esteja em vossa escola, buscai mais a Deus que a todos os arranjos formais que possais desejar. Na Escola Sabatina estão fora de lugar as altas pretensões de qualquer espécie e, se o Espírito Santo não abrandar e moldar o coração de professores e alunos, será de pouco valor o funcionamento maquinal da escola. -- Testimonies on Sabbath School Work, 76. Estudar cada indivíduo CES 73 2 Em todo verdadeiro ensino é essencial o elemento pessoal. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens individualmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas instruções. Ao honrado rabi, na conferência noturna no Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Sicar, abriu Ele Seus mais ricos tesouros; pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impressionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber. Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e respondente olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia. ... CES 74 1 O mesmo interesse pessoal, a mesma atenção para com o desenvolvimento individual são necessários na obra educativa hoje. Muitos jovens que aparentemente nada prometem, são ricamente dotados de talentos que não aplicam a uso algum. Suas faculdades permanecem ocultas por causa da falta de discernimento por parte de seus educadores. Em muito menino ou menina de aparência tão pouco atraente como a pedra não lavrada, pode-se encontrar precioso material que resista à prova do calor, tempestade e pressão. O verdadeiro educador, conservando em vista aquilo que seus discípulos podem tornar-se, reconhecerá o valor do material com que trabalha. Terá um interesse pessoal em cada um de seus alunos, e procurará desenvolver todas as suas faculdades. Por mais imperfeitos que sejam eles, acoroçoará neles todo o esforço por conformar-se com os princípios retos. -- Educação, 231, 232. Trabalho pessoal por membros da classe CES 74 2 Nossos professores devem ser homens e mulheres convertidos, que saibam o que significa lutar com Deus e não descansem até que o coração das crianças esteja preparado para amar, louvar e glorificar a Deus. Quem deseja, em nossas Escolas Sabatinas, ser fervoroso obreiro em favor das almas? Quem tomará à parte os nossos jovens, falando e orando com eles, fazendo-lhes apelos pessoais, suplicando-lhes que entreguem o coração a Jesus, a fim de serem como cheiro suave para Cristo? Ao contemplarmos a magnitude da obra e ver quão pouco é apreciada, gememos em espírito, exclamando: Quem aceitará essas solenes responsabilidades e vigiará pelas almas como quem deve dar conta delas? Somos os representantes de Cristo sobre a Terra. Como cumprimos nossa missão? Os representantes de Cristo estarão em comunhão diária com Ele. Suas palavras serão escolhidas, temperadas com graça, seu coração será cheio de amor, seus esforços para salvar as almas por quem Cristo morreu serão sinceros, fervorosos, perseverantes. Que todos façam o melhor que lhes for possível no sentido de trabalhar pela salvação das crianças e jovens, pois em breve ouvirão com alegria as palavras de Jesus: "Bem está servo bom e fiel, entra no gozo do teu Senhor." Que é esse gozo? -- É contemplar os santos redimidos, salvos por seu intermédio, mediante o sangue de Jesus Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 15. Visitando lares CES 75 1 Professores e obreiros de cada departamento da Escola Sabatina, a vós me dirijo no temor de Deus para dizer-vos que, a não ser que tenhais viva união com Ele, permanecendo sempre em Sua presença, em fervorosa oração, não sereis capazes de fazer vosso trabalho com sabedoria celestial, conquistando almas para Cristo. O que trabalha para Deus deve revestir-se de humildade como de um traje. O Senhor reconhecerá e abençoará o obreiro humilde, cujo espírito seja suscetível de ensino e que tenha reverente amor pela verdade e justiça. Se assim sois, cuidareis de vossos alunos, fazendo esforços especiais para sua salvação. A eles vos unireis em amorável simpatia, visitando-os em seu lar e, ao conversar com eles a respeito de sua experiência nas coisas de Deus, haveis de conhecer-lhes a verdadeira condição e, nos braços da fé, os levareis ao trono do Pai. -- Testimonies on Sabbath School Work, 68, 69. Apascentar os cordeiros CES 76 1 Em Seu encargo a Pedro, o Salvador primeiramente lhe ordenou: "Apascenta os Meus cordeiros", e depois: "Apascenta as Minhas ovelhas." Dirigindo-Se ao apóstolo, Cristo diz a todos os Seus servos: "Apascenta os Meus cordeiros." Quando Jesus advertiu a Seus discípulos que não desprezassem os pequenos, dirigia-Se a todos os discípulos de todos os séculos. Seu próprio amor e cuidado em favor das crianças é um precioso exemplo para os Seus seguidores. Se os professores da Escola Sabatina sentissem o amor que deveriam sentir por esses cordeiros do rebanho, muitos mais seriam ganhos para o redil de Cristo. Repita-se às crianças em todas as ocasiões oportunas, a história do amor de Jesus. Deixe-se em cada sermão um lugarzinho para benefício delas. O servo de Cristo pode fazer desses pequeninos, amigos duradouros, e suas palavras podem ser-lhes como maçãs de ouro em salvas de prata. -- Testimonies on Sabbath School Work, 113. Não negligencieis as crianças CES 77 1 Conquanto se tenha feito alguma coisa em favor da educação e preparo religioso da juventude, ainda há uma grande lacuna. Muitos precisam ser animados e ajudados. Não se faz o trabalho pessoal que o caso requer. Não são apenas os ministros que têm negligenciado a solene obra de salvar a juventude; os membros da igreja terão de prestar contas ao Mestre por sua indiferença e negligência do dever. CES 77 2 O Senhor não é glorificado quando as crianças são negligenciadas e passadas por alto. Elas precisam ser educadas, disciplinadas e pacientemente instruídas. A mocidade necessita mais do que um preparo casual, mais do que uma ocasional palavra de animação. Precisam de uma obra acurada, cuidadosa, secundada pela oração. Unicamente uma pessoa cujo coração se ache cheio de amor e simpatia, será capaz de conquistar esses jovens aparentemente descuidosos e indiferentes. -- Testimonies on Sabbath School Work, 114, 115. Dirigindo o pequeno rebanho CES 77 3 Os diretores e professores de nossa Escola Sabatina devem orar freqüentemente. Uma palavra dita em ocasião oportuna pode ser como boa semente no espírito dos jovens e, em resultado, guiará pequeninos pés no caminho da justiça. Mas uma palavra errada pode levá-los para o caminho da perdição. -- Testimonies on Sabbath School Work, 112. Reuni as crianças CES 77 4 Reuni as crianças de lábios balbuciantes, os jovens e os velhos, iniciando-os na tarefa de solver os mistérios que os sábios da Terra não compreendem, apesar de sua fértil imaginação. As valiosas verdades da Palavra de Deus destinam-se aos que são humildes e desejam aprender aos pés do divino Mestre. Regozijando-Se em espírito por esse fato, disse Jesus: "Graças Te dou, ó Pai, Senhor dos Céus e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim Te aprouve." CES 78 1 Não permitais que idéias estreitas vos proscrevam e impeçam os esforços. "O campo é o mundo." As doutrinas verdadeiras são plenamente reveladas em cada página da Palavra de Deus e, não obstante, o inimigo tem poder para cegar a mente dos orgulhosos, de maneira que não entendam as mais claras e simples declarações. Ensine-se a verdade a nossas crianças. Sejam elas armadas com a revelação da Palavra de Deus. Sejam elas capazes de dizer o que está escrito nas Escrituras da verdade. Com lábios tocados pela brasa do altar celestial, fale o ministro as palavras de vida que penetrarão o coração e a alma dos que, embora sábios segundo o mundo, não compreendem a sabedoria que é de cima. CES 78 2 Deve ser feita, com decidido interesse, a pergunta: "Que é a verdade?" Devemos atender à ordem divina e avançar de uma luz para outra maior. Os soldados de Cristo não podem permanecer quietos, descuidosos e inativos. Devem progredir continuamente. A providência divina guia-nos passo a passo no caminho da obediência. Que pais e professores impressionem a mente das crianças com o fato de que o Senhor os está provando nesta vida, para ver se Lhe obedecem com amor e reverência. Os que aqui não forem obedientes a Cristo, também não Lhe obedeceriam no mundo por vir. O Senhor procura prepará-los para as mansões celestiais que Jesus foi preparar para os que O amam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 31, 32. A vida religiosa das crianças CES 79 1 A religião ajuda as crianças a estudar melhor e a fazer trabalho mais fiel. Uma meninazinha de doze anos dava, com simplicidade, a prova de que era cristã. "Eu não gostava de estudar, mas de brincar. Era preguiçosa na escola, e muitas vezes não sabia minhas lições. Agora, para agradar a Deus, aprendo bem cada lição. Quando os professores não me observavam, era peralta e fazia travessuras para entreter as outras crianças. Agora, desejo agradar a Deus comportando-me bem e observando os regulamentos escolares. Era egoísta em casa e não gostava de dar recados. Aborrecia-me quando mamãe me chamava de meus brinquedos para ajudá-la no trabalho. Agora, tenho verdadeira alegria em auxiliar mamãe de qualquer modo e mostrar-lhe que eu a amo." CES 79 2 Não ensineis as crianças com referência a algum tempo, no futuro, em que elas terão idade bastante para se arrepender e crer na verdade. Quando instruídas de maneira apropriada, crianças muito pequenas poderão ter corretos pontos de vista quanto a seu estado como pecadoras e ao caminho da salvação, por meio de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 112. O coração das crianças é muito suscetível CES 80 1 Os professores da Escola Sabatina precisam andar perante Deus com cuidado e oração. Devem trabalhar como os que têm de prestar contas. É-lhes dada a oportunidade de ganhar almas para Cristo, e quanto mais os jovens permanecerem impenitentes, tanto mais confirmados se tornarão em resistir ao Espírito de Deus. Ao passarem-se os anos, é provável que diminua a sensibilidade pelas coisas divinas e seja menor a suscetibilidade às influências religiosas. Diariamente Satanás trabalha para prendê-los nos hábitos de desobediência e no espírito de impenitência, havendo menos probabilidade de que se tornem cristãos. E que contas prestarão, finalmente, os professores indiferentes? Por que há de a timidez moral cegar a alma do professor e torná-lo relutante para desenvolver adequados esforços para a conversão das preciosas almas de crianças e jovens? Por que não deixar o Espírito Santo criar ao redor da alma uma atmosfera que afaste a escuridão moral, levando a outros a luz celestial? -- Testimonies on Sabbath School Work, 44, 45. O poder da ternura cristã CES 80 2 O Senhor Jesus Cristo tem infinita ternura para com os que Ele comprou à custa de Seus próprios sofrimentos na carne, a fim de que não perecessem com o diabo e seus anjos, mas pudessem ser por nós reclamados como Seus escolhidos. São eles a reivindicação de Seu amor, de Sua propriedade, e Ele os contempla com inexprimível afeto, dando a fragrância de Sua própria justiça a Seus amados que nEle crêem. É preciso tato e sabedoria, humano amor e santificada afeição pelos preciosos cordeiros do rebanho, a fim de levá-los a ver e apreciar o privilégio de se submeterem à terna guia dos pastores fiéis. Os filhos de Deus exercerão a mansidão de Jesus Cristo. CES 81 1 O professor pode unir as crianças a seu coração por meio do amor de Cristo, a habitar-lhe o templo da alma como suave fragrância, como cheiro de vida para vida. Pela graça de Cristo, os professores podem ser o vivo instrumento humano -- cooperadores de Deus -- para iluminar, elevar, animar e ajudar a purificar a alma de sua contaminação moral. A imagem divina se revelará na alma da criança e o caráter se transformará pela graça de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 87. Terreno para recrutamento de obreiros cristãos CES 81 2 Perante Deus, os professores e alunos cristãos são responsáveis pelos graciosos privilégios de que gozam, pois devem ser Seus cooperadores, dando, à vista do Céu e da Terra, decidido testemunho do poder da salvadora graça divina. A eficiência e influência dos obreiros de Deus serão proporcionais à sua elevação moral e pureza. Os verdadeiros professores cristãos hão de discernir a importância das lições da Escola Sabatina, pois seu entendimento estará aberto para compreenderem o evangelho. Sua luz brilhará para os que não têm tido interesse nos preciosos raios da verdade. A porta do coração deve estar aberta para receber a luz que emana da Palavra. Um só estudante cristão, que receba a Palavra de Deus, pode ser o meio de abençoar os colegas. Pode beneficiar a outros se, com paciência, bondade e interesse, estudar a lição com os que não se importam com as coisas divinas, tornando suas instruções simples e definidas. Essa espécie de trabalho exigirá o exercício de sabedoria celestial, para que, de maneira aceitável, o obreiro possa aproximar-se dos mais necessitados, conduzindo-os a Cristo, que lhes satisfará as necessidades da alma. ... CES 82 1 Quando o jovem se converte, não o deixeis ocioso; dai-lhe alguma coisa para fazer na vinha do Mestre. Empregai-o de acordo com sua capacidade; pois o Senhor deu a cada um a sua obra. Cooperemos com o Senhor em toda linha, pondo em operação todos os expedientes para que se desenvolvam as faculdades dos que se acham ligados à escola. Os habitantes da Terra estão-se alistando sob a bandeira dos dois dirigentes do mundo. Cristo, o Príncipe da vida, e Satanás, o príncipe das trevas, estão atraindo ao seu serviço tanto jovens como adultos. CES 83 1 O trabalho do professor e do aluno cristãos consiste em fazer fervorosos esforços, convidando cada alma a permanecer sob o ensanguentado estandarte do Príncipe Emanuel, a fim de que Suas fileiras aumentem continuamente. -- Testimonies on Sabbath School Work, 50, 51. A Escola Sabatina um Fator de Desenvolvimento Missionário CES 83 2 Tem sido provado no campo missionário que, seja qual for o talento da pregação, se a parte de trabalho é negligenciada, se não se ensina o povo como trabalhar, como dirigir reuniões, como desempenhar sua parte no labor missionário, como alcançar com êxito o povo, a obra será mais ou menos um fracasso. Há também muito a ser feito na obra da Escola Sabatina, no que respeita a levar o povo a sentir sua obrigação e fazer sua parte. Deus os chama para que trabalhem para Ele, e os ministros devem guiar-lhes os esforços. -- Testimonies for the Church 5:256. Preparo para trabalho Bíblico CES 83 3 O grande trabalho de abrir a Bíblia de casa em casa, dando estudos bíblicos, proporciona maior importância à obra da Escola Sabatina e torna evidente que os professores devem ser homens e mulheres consagrados, que compreendam as Escrituras e saibam repartir as palavras de verdade. A idéia de dar estudos bíblicos é de origem celestial e abre o caminho para que centenas de moços e moças realizem no campo uma importante obra, que de outra maneira não poderia ser feita. CES 84 1 A Bíblia não está acorrentada. Pode ser levada a todas as portas, e suas verdades apresentadas à consciência de cada homem. À semelhança do nobre povo de Beréia, muitos, por si mesmos, examinarão diariamente as Escrituras, para ver se estas coisas são assim. "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." Jesus, o Redentor do mundo, ordena aos homens que não só leiam, mas examinem as Escrituras. É-nos confiada essa grande e importante obra e, se a fizermos, seremos grandemente beneficiados, pois não ficará sem recompensa a obediência às ordens de Cristo. Ele há de coroar com sinais especiais de Seu favor esse ato de lealdade em seguir a luz revelada em Sua Palavra. -- Testimonies on Sabbath School Work, 29, 30. Consideração para com os cristãos de outras igrejas CES 84 2 Não torneis secas e desanimadas as lições da Escola Sabatina. Gravai nas mentes que a nossa regra de fé é a Bíblia, e a Bíblia só, e não as palavras e os feitos humanos. As crianças devem aprender uma grande lição, isto é, que precisam libertar-se de cada partícula de egoísmo e hipocrisia. Ensinai-lhes que Cristo morreu para salvar os pecadores e que devemos trabalhar com grande ternura e paciência pelos que não são de nossa fé, pois essas almas são preciosas à vista de Deus. Ninguém deve ser tratado com desprezo. Não deve existir farisaísmo nem justiça própria. CES 85 1 Entramos em contato com muitos cristãos verdadeiros que não são de nossa fé, mas que vivem de acordo com a melhor luz que possuem. Esses gozam de maior favor de Deus do que os que têm mais luz, mas não progridem pela prática de obras correspondentes. Espírito de tolerância CES 85 2 Uma vez os discípulos encontraram um homem que fazia uma obra em nome de Cristo. Relatando o caso a Jesus, disse João: "Nós lho proibimos, porque não nos segue." Jesus, porém, o repreendeu e disse a Seus seguidores: "Quem não é contra nós é por nós." CES 85 3 O Caminho, a Verdade e a Vida se revelarão claramente nas palavras, espírito e comportamento dos que crêem em Jesus e dEle aprendem. Pais e professores devem manifestar o mais terno interesse e simpatia pelos que não crêem na verdade. Não devem nunca, por palavras ou obras, ferir uma alma comprada pelo sangue de Cristo. Se os mais velhos se mostram frios e severos, as crianças manifestarão o mesmo espírito e seu caráter não será moldado segundo o modelo divino. É preciso educar pacientemente as crianças e os jovens a reconhecerem que Deus quer que sejam missionários, que não devem ser egoístas, mesquinhos e hipócritas, mas amplos nas idéias e simpatias. Se todos trabalharem em amor, manifestando cortesia cristã, serão ganhadores de almas e apresentarão ao Mestre preciosos molhos. Buscar padrão mais elevado CES 86 1 Uma coisa é certa: tanto na igreja como na Escola Sabatina, existe muito pouco espírito de amor entre os adventistas do sétimo dia. Obreiros e alunos têm um alvo muito baixo. Todos precisam ter mais amplas, elevadas e santas aspirações e respirar uma atmosfera mais pura. De nossas Escolas Sabatinas devem sair moços e moças que se tornem missionários de Deus. Necessitam receber a melhor instrução e preparo religioso. Precisam daquela virtude que vem de Deus, juntamente com o conhecimento que os qualificará para cargos probantes e de responsabilidade. O crescimento intelectual deve ser tão notável como o desenvolvimento das forças físicas. O jovem deve sentir a necessidade de ser forte e competente, tanto intelectual como espiritualmente. Muitos falham em adquirir esse poder, não porque lhes falte a capacidade, mas por não se dedicarem com resoluto e diligente esforço. Devem aproveitar o máximo possível suas oportunidades, a fim de serem capazes de levar os encargos e partilhar das responsabilidades dos que estão cansados e sobrecarregados. A mais importante obra missionária é preparar obreiros que, no campo, preguem o evangelho a toda criatura. -- Testimonies on Sabbath School Work, 32-34. ------------------------Capítulo 4 -- O professor e sua obra A mais elevada de todas as ciências CES 89 1 Apresentar em cada esforço missionário a Jesus Cristo, e Este crucificado, significa muito mais do que as mentes finitas podem compreender. "Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus." Esta deve ser a preocupação de nossa obra. Se alguém se julga capaz de ensinar na Escola Sabatina, ou na Escola Primária, a ciência da educação, necessita primeiro aprender o temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria, para que possa ensinar esta ciência, a mais elevada de todas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 272. Escolha de professores CES 89 2 A instrução dada aos jovens e às crianças não deve ser de caráter superficial. Os professores, como defensores da verdade, devem fazer todo o possível para elevar a norma. Não pode haver coisa pior para vossa Escola Sabatina do que colocar como obreiros moços e moças que tenham demonstrado falhas na experiência religiosa. ... Não deveis baixar o padrão em vossas Escolas Sabatinas. Vossas crianças devem ter professores, cujo exemplo e influência sejam uma bênção em vez de maldição. Devem constantemente ter diante de si um elevado sentimento da virtude, pureza e santidade que caracterizam a vida cristã. Suas idéias nesse ponto não devem ser confusas; ninguém proceda imprudente ou ignorantemente nessas questões. Não animeis, por meio da voz ou da pena, homens e mulheres que não tenham valor moral, cuja vida passada demonstre falta de consciência e integridade. Podem ser perspicazes, engenhosos e inteligentes; mas se o coração não está imbuído do Espírito de Deus, se não possuem integridade de caráter, sua influência tenderá a ser terrena em vez de celestial e será prejudicial onde quer que estejam e o que quer que façam. CES 90 1 Temos grande necessidade de homens e mulheres que sintam o pecado e odeiem a iniqüidade; que tenham visão espiritual para discernir as necessidades da causa de Deus e, escondendo-se em Jesus, trabalhem com abnegado e consagrado interesse. Precisamos de jovens que Deus possa aprovar, que tenham piedade prática e espírito pronto para sentir e prevenir o perigo; homens e mulheres que não se exaltem a si mesmos nem procurem ocultar a deformidade da alma sob o manto da piedade; que sintam sua fraqueza e imperfeições de caráter e cuja desajudada alma esteja unida a Jesus Cristo. Os que confiam em si mesmos, julgando que sua conduta está acima de críticas, apresentarão trabalho muito imperfeito. Declarou o apóstolo: "Quando estou fraco, então sou forte." Reconhecendo sua fraqueza, apegou-se, pela fé, a Jesus Cristo e Sua graça. ... CES 91 1 Todo obreiro da Escola Sabatina que, pela transformadora graça de Cristo, passou da morte para a vida, revelará, em seu próprio coração, a profunda operação do Espírito de Deus. São servos infiéis os que tentam dirigir outros, tendo a pretensão de guiar almas no caminho da santidade, enquanto sua própria vida revela o orgulho, o amor dos prazeres e da ostentação. Sua vida não está de acordo com sua profissão; sua influência é uma ofensa a Deus. Precisam de uma conversão perfeita. Têm o coração tão cheio de coisas vis que não há lugar para a verdade que eleva e enobrece. O templo da alma precisa ser purificado, pois é Satanás e não Cristo que lhes habita no coração. CES 91 2 É essencial que se tome cuidado ao colocar homens e mulheres em cargos de confiança. Deveis saber algo referente à sua vida passada e ao caráter que têm desenvolvido. É preferível duplicar as classes sob a direção de obreiros tementes a Deus do que multiplicar professores, cuja influência não esteja de acordo com o santo caráter da verdade que professamos, pois essa influência será desmoralizadora. -- Testimonies on Sabbath School Work, 22-26. Habilitações essenciais CES 92 1 Aqueles cujo dever é escolher professores, devem ser prudentes, não insistindo a que entrem para a escola os que não sejam aptos a exercer boa influência. Qual é o comportamento do professor? É pontual? É asseado? Essas qualidades merecem atenção, pois são essenciais ao professor. Como pode ele exigir da classe esses requisitos necessários, a menos que ela tenha um exemplo de pontualidade, asseio, compostura e ordem? Se o professor não está em seu lugar e a classe é deixada a recrear-se, se ele chega atrasado, entrando apressado e ofegante, essa influência conduz à desordem e falta de pontualidade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 95, 96. Mentes equilibradas, caracteres simétricos CES 92 2 Mentes equilibradas e caracteres simétricos requerem-se como ensinadores em todos os ramos. Não confieis esta obra às mãos de moços e moças que não sabem como tratar com as mentes humanas. Tão pouco sabem eles do poder controlador da graça sobre seu próprio coração e caráter, que precisam desaprender e aprender inteiramente novas lições da experiência cristã. Jamais aprenderam a manter sua própria alma e caráter sob a disciplina de Jesus Cristo e levar-Lhe cativos os pensamentos. CES 92 3 No trato com crianças e jovens deparam-se todas as espécies de caracteres. ... Muitas dessas crianças não tiveram no lar o necessário cultivo. Foram lamentavelmente negligenciadas. Algumas foram deixadas a fazer o que bem entendiam; outras foram censuradas e desencorajadas. Pouca delicadeza, porém, e boa disposição têm sido mostradas para com elas, e apenas poucas palavras de aprovação se lhes têm dito. Herdaram o caráter defeituoso dos pais, e a disciplina aplicada por esses caracteres defeituosos foi repreensível na formação do caráter. Não se tem colocado na construção do caráter material sólido. CES 93 1 Não há obra mais importante a fazer do que a educação e cultivo desses jovens e crianças. Os mestres que trabalham nesta parte da vinha do Senhor precisam aprender primeiro como se tornarem senhores de si, mantendo sob controle seu próprio gênio e sentimentos, em sujeição ao Santo Espírito de Deus. Devem apresentar a evidência de não possuírem uma experiência unilateral, porém, mente bem equilibrada e caráter de tal maneira simétrico que neles se possa confiar, por serem cristãos conscienciosos e estarem eles próprios debaixo da orientação do Grande Professor. -- Fundamentos da Educação Cristã, 266, 267. Vestuário e comportamento CES 93 2 Todo professor da Escola Sabatina deve ser um seguidor de Cristo, e os que não se identificaram como Seus discípulos, mostrando por uma vida coerente que são cristãos, não devem ser convidados para tornarem-se professores da Escola Sabatina, pois têm necessidade de que alguém lhes ensine primeiro os princípios fundamentais do amor e do temor de Deus. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podeis fazer." Assim, quanto valor teria o ensino de quem, por experiência pessoal, nada soubesse do poder de Cristo? Seria grande incoerência convidar tal pessoa para dirigir uma classe na Escola Sabatina, mas é ainda pior permitir que uma classe esteja sob a influência de um professor cujo vestuário e comportamento neguem o Salvador, a quem professa servir. CES 94 1 Os que ensinam na Escola Sabatina devem ter o coração aquecido e avigorado pela verdade de Deus, sendo não somente ouvintes, mas também cumpridores da Palavra. Devem alimentar-se de Cristo como os ramos se nutrem da videira. O orvalho da graça celestial deve cair sobre eles, para que seu coração seja como preciosas plantas, cujos botões se abram e desenvolvam, espalhando ao redor suave perfume, como flores no jardim de Deus. Os professores devem estudar diligentemente a Palavra de Deus, revelando sempre o fato de que estão diariamente aprendendo na escola de Cristo e são capazes de comunicar a outros a luz que receberam dAquele que é o grande Mestre, a Luz do mundo. CES 94 2 Os professores devem sentir sua responsabilidade, aproveitando toda oportunidade para prestar o melhor serviço, de maneira que o resultado seja a salvação de almas. Tanto professores como alunos devem estar atentos à importância de manifestar diligência e perseverança no estudo da Palavra de Deus. Devem estar constantemente em comunhão com Ele, a fim de poderem resistir com êxito à indolência e apatia e não serem vencidos por pequenas tentações. Os que professam ser obreiros cristãos não devem ser ociosos ou condescendentes consigo mesmos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 54, 55. Representante da religião verdadeira CES 95 1 O obreiro da Escola Sabatina, verdadeiramente convertido, não será moldado segundo os costumes e práticas mundanos, mas permanecerá em independência moral. Seu exemplo estará de acordo com sua profissão, mantendo-se ele separado do espírito e das modas do mundo. Não se desviará de maneira alguma de seu firme propósito de ser um com Cristo, nem cederá um jota de sua atitude de fidelidade a Deus, em oposição ao orgulho, à condescendência com entretenimentos egoístas, ao dispêndio de meios para satisfazer à inclinação ou ao amor da ostentação, mas será um exemplo no espírito, comportamento e vestuário. CES 95 2 Obreiro da Escola Sabatina, queres satisfazer à norma de Cristo ou à do mundo? Oh, queres dizer: "Tomarei a cruz e seguirei a Cristo"? Não queres cultivar Sua ternura em persuadir, Seu fervor em exortar, exemplificando e exaltando os princípios da verdade, manifestando na vida e no caráter o que a religião de Cristo tem feito por ti? Não atenderemos todos nós à exortação do apóstolo: "Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências"? CES 95 3 Há necessidade de apresentar à juventude a verdadeira religião, que se provará um poder vital, uma influência que tudo penetra. De uma íntima devoção, surgirão alegria, vivacidade e contínuo crescimento e é essa a religião que a juventude deve contemplar, se deve ser levada a Cristo. Essa espécie de religião deixará nas almas seu divino cunho e, pela refrigerante graça de Deus, o que a possui se renovará tanto mental como fisicamente. CES 96 1 Experimentai durante um ano, educadores e professores de nossas Escolas Sabatinas e diárias, e vede se não sois capazes de dizer: "O Senhor operou maravilhosamente em nosso favor, pois muitas almas foram trazidas para o Mestre, como preciosos molhos para o celeiro celestial." -- Testimonies on Sabbath School Work, 44, 45. Exame próprio CES 96 2 O Senhor deseja que os professores de nossas Escolas Sabatinas se examinem para ver se estão ou não no amor de Deus. Na vida de todos os que trabalham na causa divina, virão provações da parte de Deus, para provar o caráter. Os professores devem aprender constantemente e procurar mais completo entendimento, um juízo correto nas coisas de Deus. Há perigo de que os professores, tornando-se tão cheios de confiança e estima próprias que não compreendam as próprias deficiências, tenham idéias estreitas e não se alarguem nem expandam. Não se tornam mais capazes, mas cada vez mais cheios de si. Não têm a Jesus no coração e na experiência. O professor deve cultivar suas faculdades, sua voz, a fim de falar distintamente, articulando inteligentemente as palavras. Deve cultivar as faculdades mentais, em vez de deixá-las tão fracas e confusas que não possa explicar ou compreender as doutrinas de nossa fé. Não é apto para a grande e solene obra o professor que não tiver sincera piedade, pureza, abnegação e não for pronto para suportar incômodos. É dever do professor experimentar suas faculdades, seu próprio espírito e, mediante íntimo exame, compreender sua verdadeira posição diante de Deus. ... O exemplo do professor CES 97 1 Se não estiver plenamente qualificada, mas sentir sua responsabilidade, a pessoa que deverá aceitar o cargo de professor fará o máximo possível para aprender. Cultivará a reverência, jovialidade e firmeza. Seja o comportamento de molde a educar a classe a ter pensamentos solenes a respeito de Deus e a reverenciá-Lo. Ao falar de Deus, de Cristo, Seus sofrimentos, Sua ressurreição, como sendo realidade para vós, conquanto as idéias possam ser apresentadas com simplicidade, a linguagem deve elevar a mente muito acima das coisas terrenas, fazendo-lhe sentir que está na presença do infinito Deus. CES 97 2 A Escola Sabatina não é lugar para os que tocam levemente a superfície e, num espírito de leviandade, falam correntemente acerca de eternas e probantes verdades, mais elevadas que os céus e mais vastas que os mundos. O comportamento da classe representará o caráter do professor no exemplo que eles têm perante si. Se são rudes e irreverentes, e continuam a sê-lo, há para isso uma causa, e o assunto deve ser examinado. Reverente mas alegre CES 98 1 O professor pode ser reverente, e todavia alegre. E, em vez de ser loquaz, deve examinar as coisas profundas de Deus. Qualquer afetação não será natural. Que a classe receba a impressão de que a religião é uma realidade desejável, pois traz paz, descanso e felicidade. Não receba vossa classe a impressão de que a religião consiste num caráter frio e antipático. Que a paz e glória da presença interior de Cristo façam que o rosto revele Seu amor, e os lábios exprimam gratidão e louvor. CES 98 2 Os que têm o hábito de comungar com Deus, refletirão no semblante Sua luz. As crianças odeiam as sombrias nuvens de tristeza. Seu coração corresponde à vivacidade, alegria e amor. Conquanto firme e decidido, não deve o professor ser severo, exigente e ditatorial. Precisa de uma autoridade dignificada; ao contrário lhe faltará a habilidade que o torne um professor de êxito. As crianças discernem prontamente qualquer fraqueza ou defeito de caráter do professor. O comportamento faz sua impressão. As palavras que pronunciais não as moldarão devidamente, a menos que vejam em vosso caráter o modelo. Mais, muito mais que todos os vossos ensinos e lições frequentemente repetidas, fará o correto caráter cristão, exemplificado na vida diária, uma grande obra na edificação do caráter de vossa classe. Deus por tal forma nos relacionou individualmente com a grande teia da humanidade, que inconscientemente contraímos dos outros, com quem estamos em contato, suas maneiras, práticas e hábitos. E não permita Deus que o menor de um desses pequeninos seja deixado a desviar-se do caminho feito para que os remidos do Senhor andem nele. Possua o professor tal piedade prática que o caráter e amor de Jesus sejam nele revelados. CES 99 1 A Escola Sabatina não é um lugar de entretenimento para recrear e divertir as crianças, embora possa ser tudo isso, quando devidamente dirigida; mas é o lugar onde crianças e jovens são educados, onde a Bíblia é aberta ao entendimento, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. É o lugar onde a luz da verdade deve ser comunicada. Nem todos os que ensinam em nossas Escolas Sabatinas se qualificam para esse trabalho. Todo professor deve reconhecer que precisa saber mais; precisa estar mais familiarizado com aqueles com quem tem de tratar e com os melhores métodos de comunicar o conhecimento; e depois de ter feito o melhor que lhe for possível, deve reconhecer que ficou muito aquém. -- Testimonies on Sabbath School Work, 95-98. A influência do professor CES 99 2 É nosso próprio caráter e experiência que determinam nossa influência sobre outros. A fim de convencer a outros do poder da graça de Cristo, é preciso que, em nosso próprio coração e vida, conheçamos esse poder. O evangelho que apresentamos para a salvação de almas, deve ser o mesmo pelo qual somos salvos. Unicamente mediante fé viva em Cristo como um Salvador pessoal, é possível fazermos sentir nossa influência num mundo céptico. Se queremos salvar pecadores da impetuosa corrente, devemos ter os pés firmados na Rocha, Cristo Jesus. CES 100 1 O estandarte do cristianismo não é um sinal exterior ou o uso de uma cruz ou coroa, mas é aquilo que revela a união do homem com Deus. Pelo poder de Sua graça manifestada na transformação do caráter, deve o mundo convencer-se de que Deus enviou Seu Filho para ser seu Redentor. Nenhuma outra influência que circunda a alma humana tem tanto poder como a de uma vida abnegada. O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão afetuoso e amável. -- Testimonies on Sabbath School Work, 115, 116. Paciência com os desviados CES 100 2 Lembrai-vos de que não podeis ler o coração. Não conheceis os motivos que determinaram as ações que vos parecem errôneas. Há muitos que não receberam a devida educação; seu caráter está deturpado e são ásperos e insensíveis, parecendo maus em todo sentido. Mas a graça de Cristo pode transformá-los. Nunca deveis pô-los de lado ou levá-los ao desânimo ou desespero, dizendo: "Você me decepcionou e não procurarei mais ajudá-lo." Umas poucas palavras ditas precipitadamente sob provocações -- justamente aquilo que pensamos que eles merecem -- pode romper os laços de influência que ligariam seu coração ao nosso. CES 101 1 A vida coerente, a paciente moderação, o espírito calmo sob provocação é sempre o mais conclusivo argumento e o mais solene apelo. Se tendes tido oportunidades e vantagens que não têm redundado em benefício de outros, considerai isso e sede sempre um professor sábio, cuidadoso e delicado. CES 101 2 A fim de que o lacre tenha uma impressão clara e forte do sinete, não atirais este sobre aquele de maneira precipitada e violenta; cuidadosamente o colocais no lacre plástico e, com calma e firmeza, o apertais até que se tenha endurecido a massa. Tratai de igual modo com as almas humanas. A continuidade da influência cristã é o segredo de seu poder, e isso depende da firmeza com que manifestais o caráter de Cristo. Ajudai os que cometeram faltas, relatando-lhes vossas experiências. Mostrai como, ao cometerdes erros graves, a paciência, bondade e auxílio de vossos coobreiros vos deram ânimo e esperança. CES 101 3 Até ao dia do juízo, nunca sabereis qual a influência da bondosa e considerada conduta para com o incoerente, o irrazoável, o indigno. Quando se nos deparam ingratidão e traição de sagrados encargos, erguemo-nos para mostrar desprezo ou indignação. Isso, justamente, é o que o culpado espera, e está preparado para tal. Mas a bondosa moderação o apanha de surpresa, despertando-lhe muitas vezes os melhores impulsos e o desejo de uma vida mais nobre. -- Testimonies on Sabbath School Work, 116, 117. Tolerância para com os outros CES 102 1 Todas as relações da vida pedem o exercício do domínio próprio, da paciência e simpatia. Nós diferimos tanto em disposição, hábitos, educação, que variam nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diversamente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias quanto à conduta na vida, não são idênticas em todos os respeitos. Não há duas pessoas cuja experiência seja a mesma em todos os particulares. As provações de uma não são as da outra. Os deveres que uma pessoa acha leves, são para outra os mais difíceis e embaraçosos. CES 102 2 Tão frágil, tão ignorante, tão sujeita a errôneas concepções é a natureza humana, que cada indivíduo deve ter cuidado em sua maneira de apreciar os outros. Mas sabemos a influência de nossos atos sobre a vida de outros. O que dizemos e fazemos pode parecer-nos de pouca importância, ao passo que, se nos fossem abertos os olhos, poderíamos ver que disso dependiam importantíssimos resultados para bem ou para mal. -- Testimonies on Sabbath School Work, 117. Aperfeiçoamento próprio CES 102 3 Visto que há tanta leviandade de caráter, tanto de espúrio em redor da mocidade, mais necessidade há de que as palavras, atitude e comportamento do professor representem o que é elevado e verdadeiro. As crianças são prontas para apanharem a afetação, ou qualquer outra fraqueza ou defeito. O professor não poderá impor-se ao respeito de seus discípulos de nenhuma outra maneira a não ser revelando em seu próprio caráter os princípios que ele procura ensinar-lhes. ... CES 103 1 A utilidade do professor não depende, porém, tanto das aquisições intelectuais que possua, como da norma que ele tenha por objetivo. O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos obtusos, espírito indolente ou memória inculta. Procura constantemente consecuções mais elevadas e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento. No trabalho de um professor nestas condições, há um frescor e poder vivificador que despertam e inspiram seus discípulos. ... CES 103 2 Precisam-se professores que sejam expeditos no discernir e aproveitar toda oportunidade para fazer o bem; professores que combinem a verdadeira dignidade com o entusiasmo; que sejam capazes de dirigir e "aptos para ensinar"; que possam inspirar pensamentos, despertar energias e comunicar ânimo e vida. CES 103 3 As vantagens de um professor podem ter sido limitadas, de modo que ele poderá não possuir habilitações literárias tão elevadas como se poderia desejar. Todavia, se ele tem um conhecimento verdadeiramente profundo da natureza humana; se tem um genuíno amor por sua obra, apreciação de sua grandeza e decisão de se aperfeiçoar; se ele está disposto a trabalhar fervorosamente, perseverantemente, compreenderá as necessidades de seus discípulos, e pelo seu espírito de simpatia e progresso inspirá-los-á a prosseguir, procurando guiá-los avante e para cima. CES 103 4 As crianças e jovens sob os cuidados do professor diferem largamente em disposição, hábitos e educação. Alguns não têm nenhum propósito definido ou princípios fixos. Precisam ser despertados para as suas responsabilidades e possibilidades. ... CES 103 5 Aquele que enxerga as oportunidades e privilégios de sua obra não permitirá que coisa alguma obste o caminho para os ardorosos esforços no sentido do aperfeiçoamento próprio. Não poupará esforços a fim de atingir a mais elevada norma de excelência. Tudo que ele deseja que seus discípulos se tornem, ele mesmo se esforçará por ser. -- Testimonies on Sabbath School Work, 118, 119. Professores mais habilitados CES 104 1 Precisamos de professores consagrados, que amem a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. O Senhor tomou amplas providências para que, sábado após sábado, os professores aumentem sua capacidade, a fim de ensinar com um propósito em vista, trabalhando para o tempo e a eternidade. A fim de comunicarmos aos outros as preciosas lições ensinadas por Cristo, necessitamos, em nossas escolas, de moços e moças possuidores, não de uma experiência superficial, mas de verdadeira e profunda piedade interior, obtida diariamente na escola de Cristo. CES 104 2 Os que se satisfazem com seguir certa ordem árida, não variando nunca, perderão o alvo e deixarão de fazer a obra destinada ao professor da Escola Sabatina; mas serão colaboradores de Deus os que se empenham nesse importante ramo da causa divina, fazendo no temor de Deus a obra por Ele designada e trabalhando com amor, pelas almas por quem Cristo morreu. ... Os professores devem ser exemplares CES 104 3 No espírito, comportamento e vestuário, devem os professores ser um digno exemplo aos jovens. Seu traje deve ser simples e modesto e seu espírito tão humilde como o de uma criança, mas puro e elevado, pois estão na presença de Deus, para representar aos alunos o caráter de Cristo. Com devoção e ternura, devem ensinar aos que lhe forem confiados, lembrando-se das palavras de Jesus: "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus." ... CES 105 1 Se os professores sempre tivessem em mente que é o Espírito Santo que revela à alma vislumbres das coisas celestiais e que, ao trabalhar no espírito de Cristo, esse agente celestial está impressionando a mente com a divina verdade; se compreendessem que os rodeiam anjos e que pisam em terra santa, seria muito mais eficiente o trabalho feito em nossas Escolas Sabatinas. Os professores não seriam destituídos de graça e poder espirituais, pois teriam a intuição da presença divina e compreenderiam que são apenas os instrumentos humanos por cujo intermédio Cristo comunica luz celestial. Seu labor seria animado de fervor e poder, e saberiam que o Espírito os ajuda em suas fraquezas. -- Testimonies on Sabbath School Work, 41-43. Cristo, não o homem, o modelo CES 105 2 Não deve o professor da Escola Sabatina seguir o exemplo dos que não crescem no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, embora esse exemplo seja dado pelos que ministram no santo púlpito. Os que desejam ser aceitos como coobreiros de Deus não devem imitar o tom, maneiras ou idéias de qualquer outro homem. Devem aprender de Deus e ser dotados de sabedoria celestial. Deus deu o dom da razão e do intelecto a um obreiro como a outro e, de acordo com vossa capacidade, deveis negociar com vossos talentos. O Senhor não quer que nenhum obreiro seja a simples sombra de outro a quem admira. O professor deve crescer até à estatura de Cristo e não até à de um finito e falível mortal. Deveis "crescer na graça", e onde se encontra ela? -- Só em Cristo, o modelo divino. CES 106 1 Que todos contemplem a Jesus e O imitem. Que todo obreiro exercite o máximo possível suas faculdades para trabalhar em harmonia com o plano de Deus. Aprenda ele na escola de Cristo, para poder ser sábio em instruir a outros. Os que, na Escola Sabatina, estão entregues ao cuidado do professor, necessitarão da sabedoria e experiência que Deus pode dar ao seguidor de Cristo. Aprenda o professor a mansidão e humildade de coração de Cristo, a fim de ser bom professor e conquistar seus alunos para Cristo, para que eles, por sua vez, se tornem fiéis missionários na grande seara. -- Testimonies on Sabbath School Work, 76, 77. Amor, o poder que constrange CES 106 2 Há muito pouca simpatia no trabalho em favor das almas. Não existe aquele poder de suplicar, convidar e atrair, o qual Deus exige que exerçamos, a fim de almas serem reconciliadas com Ele. Se ensinarmos a verdade como é em Jesus, a religião não será considerada coisa enfadonha, mas deleite. Coloquem os professores, em seu trabalho, alegria, gratidão e a alma cheia de ternura e compaixão à semelhança de Cristo, e imbuam o coração dos alunos com o espírito de abnegado amor, pois é esse espírito que enche o Céu. Não deixarão os professores da Escola Sabatina todo orgulho e amor-próprio, tornando-se sinceros e fervorosos cumpridores da Palavra? "Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências." A fé genuína confia em Cristo, com implícita submissão, consentindo em segui-Lo aonde quer que Ele vá. Quando isto se cumpre, em resultado de bem dirigidos esforços, muitas almas serão levadas ao Mestre como preciosos molhos. CES 107 1 Desde seus mais tenros anos, devem os pais e professores procurar impressionar a mente das crianças com a importância da salvação. Devem ensinar-lhes que Deus é seu Pai celestial e que Seu amor por elas se manifesta no dom de Seu unigênito Filho, e que, ao vir a este mundo para morrer a fim de que pudéssemos viver, revelou o Salvador do mundo Seu amor por elas. Quando apresentadas em amor e ternura, deixarão essas lições, duradoura impressão na mente e coração da juventude. Como as imagens e objetos se refletem ao espelho, quando revelados pela luz do Sol, assim esses temas se refletirão na mente, quando iluminados pelo amor de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 100, 101. Simplicidade e simpatia CES 108 1 Que importantes lições serão dadas às crianças e aos jovens, ao abrirmos as Escrituras com a simplicidade de Cristo! Que o professor deixe em casa todos os termos difíceis e elevados, tomando apenas as palavras mais simples, que sejam prontamente apreendidas pela mente juvenil. CES 108 2 Mas para sermos professores de êxito, não só devem ser simples os métodos de ensino, mas também devemos levar à Escola Sabatina simpatia e amor. As crianças reconhecerão esse elemento e por ele serão influenciadas. Homens e mulheres são apenas crianças grandes. Não correspondemos nós a palavras e olhares de verdadeiro amor e simpatia? Jesus, o divino Mestre, certificou os discípulos de Seu amor por eles. Assumiu a natureza humana com o único propósito de patentear aos homens a misericórdia, o amor e a bondade de Deus ao prover salvação e felicidade a Suas criaturas. Foi para isso que Ele morreu. Ao pronunciar Suas mais ternas palavras de simpatia, regozijava-Se no pensamento de que pretendia fazer tudo "muito mais abundantemente" do que os discípulos seriam capazes de pedir ou pensar. Mostrava-lhes diariamente, em obras de misericórdia, quão grandes eram Sua ternura e amor pela raça caída. Seu coração era um manancial de inexaurível compaixão, onde a alma sequiosa podia suprir-se com a água da vida. CES 109 1 Quando Jesus falava, o povo se maravilhava de Sua doutrina, pois ensinava-os como tendo autoridade e não como os escribas, que se haviam esforçado por estabelecer e sustentar suas teorias, procurando manter sua influência sobre o povo por meio de interminável repetição de fábulas e infantis tradições. O mais elevado padrão de instrução pública consistia, em grande parte, na repetição de frívolas opiniões e de cerimônias sem significação. Da maneira mais simples e compreensível, o ensino de Jesus inculcava as idéias mais convincentes e as mais sublimes verdades, e "a grande multidão O ouvia de boa vontade". É essa a espécie de instrução a ser dada em nossas Escolas Sabatinas. A luz celestial deve refletir de Jesus, o maravilhoso Mestre, iluminando a alma das crianças e jovens com a divina glória de Seu amor e caráter. Assim, em bela simplicidade, podem as crianças ser levadas ao "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". -- Testimonies on Sabbath School Work, 39, 40. Novos temas a serem apresentados CES 109 2 A alma deve ser como uma casa do tesouro, cheia de ricas e proveitosas provisões. No púlpito, na Escola Sabatina, na reunião de oração e na sociedade, devemos ter novos temas para iluminar a outros. Devemos seguir o exemplo de Jesus, o Mestre perfeito. Ele educava homens revelando-lhes o caráter do Deus vivo. Disse Ele: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." É este o importante assunto a ser gravado na mente dos jovens, pois precisam conhecer o caráter paternal de Deus, a fim de serem induzidos a subordinar os interesses temporais aos eternos. Ao contemplarem o caráter de Deus, ser-lhes-á criado no coração um intenso desejo de transmitir a outros a beleza e poder da verdade. O poder transformador da religião CES 110 1 Oh, que todo homem, mulher e criança, que trata com mentes humanas, tenha a verdade entretecida na alma, revelando-a em espírito, palavra, caráter e ação! Pelo poder santificador da verdade, os que ensinam na Escola Sabatina ou ocupam um cargo em nossas instituições, devem ser levados a ter tal experiência que possam declarar: "Eu sei em quem tenho crido." Há, na religião de Jesus Cristo, um poder transformador e, para que nos tornemos a luz do mundo, deve esse poder ser visto em nós, em forma de muito mais humildade, mais fervor e fé viva. O eu deve ser humilhado e Cristo, exaltado. Por que se exaltam tão facilmente aqueles a quem Deus confiou algum trabalho na Sua vinha moral? Perguntas que tocam o coração CES 111 1 Por que pensam muitos que um cargo de responsabilidade exalta o homem? Por que se tornam tão orgulhosos, quando são inteiramente dependentes do Sacrifício expiatório? Por que existe em alguns tanta falta de ternura, tão pouco serviço amorável? É porque os orgulhosos não caíram sobre a Rocha, despedaçando-se. É por isso que há tão pouca confiança em Deus, tão pouco fervor e contrito arrependimento, tão grande falta de fervente oração. Perguntem-se todos os professores: "Recebi eu o Espírito Santo depois de haver crido? Recebi eu a Cristo como meu Salvador pessoal?" Sejam essas perguntas solenemente respondidas. Cada momento vale ouro CES 111 2 Se forem cristãos os que se empenham na obra de Deus, esse fato se revelará em seu trabalho. Apresentarão Cristo às pessoas com quem entrarem em contato. Os professores da Escola Sabatina não ocuparão o tempo com assuntos sem importância, pois compreenderão que cada momento é de ouro e deve ser empregado em diligente trabalho na vinha do Mestre. A obra de Cristo no santuário celestial, apresentando a cada momento Seu próprio sangue perante o propiciatório, ao interceder por nós, deve impressionar-nos o coração para que compreendamos o valor de cada momento. Jesus vive sempre para interceder por nós, mas um momento gasto descuidadamente nunca poderá ser recuperado. Considerem professores e alunos o grande fato de que Cristo nunca cessa Sua solene obra no santuário celestial e, se levarem Seu jugo, empenhar-se-ão em trabalho idêntico ao de sua Cabeça viva. -- Testimonies on Sabbath School Work, 85, 86. O semblante, índice do caráter CES 112 1 Os professores das diferentes classes devem ter no coração a cada criança, vigiando-a com especial cuidado. CES 112 2 É impossível fazer esse trabalho para o tempo e a eternidade, a menos que o professor mantenha íntima comunhão com Deus. Disse Jesus: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna e são elas que de Mim testificam." Não animeis uma maneira superficial de investigar a verdade. Tornai, à mente das crianças, claro e distinto cada ponto da verdade. Não lhes amontoeis no espírito, de uma vez, uma acumulada soma de assuntos. A preciosa Palavra de Deus lhes é uma lâmpada para o caminho e uma luz para os pés. Gravai-lhes no coração que é seu privilégio andar na luz. É o caminho da paz, da pureza, da santidade, que deve ser seguido pelos redimidos do Senhor. Nesse caminho, Cristo é o Guia, o verdadeiro Pastor; seguindo-O, evitarão os atalhos e perigosos abismos. CES 112 3 Na Palavra de Deus, aprendem elas que todos os que entram no Céu devem ter um caráter perfeito, a fim de encontrar o Senhor em paz. Muitas crianças e jovens têm o caráter impresso no semblante. Apresentam nos traços fisionômicos a história de sua vida. Os verdadeiros obreiros devem imprimir no espírito das crianças um belo e puro caráter, semelhante ao de Cristo, o qual lhes transformará a fisionomia. Se Cristo for o princípio permanente do coração, a pureza, o enobrecimento, a paz e amor se estamparão nas feições. Outros semblantes apresentam os sinais de um mau caráter; egoísmo, astúcia, engano, falsidade, inimizade e ciúme acham-se neles expressos. Quão difícil é que a verdade transforme o coração e a fisionomia de tais caracteres! Cultivo do caráter CES 113 1 Precisamos agora dar especial atenção ao cultivo do caráter. Haja em vós o mesmo espírito que houve em Cristo Jesus, a fim de que tanto o maior como o menor obreiro de nossas Escolas Sabatinas sejam elevados e enobrecidos, de maneira que Jesus não Se envergonhe de os reconhecer como Seus colaboradores. Cristo proveu Seus filhos de toda cultura espiritual. Se Jesus habitar na alma, o coração se enche das santas graças de Seu Espírito, manifestando-se na transformação das feições. Se desejais ter beleza e amabilidade de caráter, a lei divina deve estar escrita no coração e ser praticada na vida. -- Testimonies on Sabbath School Work, 20-22. Tornar prática a lição CES 113 2 Entrem os professores, de coração e alma, no assunto da lição. Elaborem planos para fazer aplicação prática da lição e despertar interesse na mente e coração das crianças sob seu cuidado. Que as atividades dos alunos tenham como escopo solucionar os problemas da verdade bíblica. Os professores podem dar feição à obra, de maneira que os exercícios não sejam insípidos e desinteressantes. CES 114 1 Os professores não fazem dos exercícios da Escola Sabatina o fervoroso trabalho que deviam ser; devem aproximar-se do coração dos alunos, com tato, simpatia, paciente e determinado esforço, a fim de interessar cada estudante relativamente à salvação de sua alma. Esses exercícios devem tornar-se o que o Senhor deseja que sejam -- ocasiões de profunda convicção de pecado, de reforma do coração. Se se fizer o devido trabalho, de maneira hábil e cristã, almas serão convencidas e a pergunta será: "Que devo fazer para me salvar?" -- Testimonies on Sabbath School Work, 12, 13. O uso de auxiliares CES 114 2 Têm-se feito alguns esforços no sentido de interessar as crianças na obra, mas isso não basta. Nossas Escolas Sabatinas devem tornar-se mais interessantes. Ultimamente, as escolas públicas têm melhorado grandemente seus métodos de ensino. Lições objetivas, gravuras e quadros-negros são usados para que à mente juvenil se tornem claras as lições difíceis. De igual maneira podemos simplificar a verdade presente, tornando-a intensamente interessante ao espírito ativo das crianças. CES 114 3 Por meio dos filhos, frequentemente atingem-se os pais que, de outra maneira, não poderiam ser alcançados. Os professores da Escola Sabatina podem instruir as crianças na verdade e elas, por sua vez, a introduzirão no círculo doméstico. Mas poucos professores parecem compreender a importância desse ramo da obra. Os modos de ensino que, com tanto êxito, são adotados nas escolas públicas, podem, nas Escolas Sabatinas, ser empregados com idêntico resultado, tornando-se o meio de levar crianças a Jesus e educá-las na verdade bíblica. Isso produzirá muito mais benefício do que excitamentos religiosos de caráter emotivo, que passam tão rapidamente como vêm. CES 115 1 Deve ser acariciado o amor de Cristo. Necessitamos de mais fé na obra que, cremos, deve ser feita antes da volta de Cristo. Deve haver, na devida direção, mais renúncia e abnegado esforço. Deve-se estudar, com meditação e oração, como trabalhar da melhor maneira. Devem-se elaborar cuidadosos planos. Há, entre nós, mentes capazes de delinear e executar, se tão-somente forem postas em ação. A bem dirigidos e inteligentes esforços, seguir-se-ão grandes resultados. -- Testimonies on Sabbath School Work, 9. Erros apontados CES 115 2 A Escola Sabatina, devidamente dirigida, é um dos grandes instrumentos divinos para trazer almas ao conhecimento da verdade. Não é o melhor plano falarem os professores, unicamente, mas devem levar a classe a dizer o que sabe. Então, com umas poucas observações ou ilustrações claras e breves, deve o professor gravar-lhes na mente a lição. Sob circunstância alguma, devem os professores passar a lição mecanicamente, sentando-se então e deixando as crianças a olhar em derredor, a cochichar e brincar, como as temos visto. Tal ensino não é benéfico; é, muitas vezes, prejudicial. Se o professor estiver preparado, cada momento poderá ser usado com proveito. A mente ativa das crianças deve estar constantemente ocupada. Suas idéias devem ser externadas e corrigidas, ou aprovadas, como o caso requeira. Mas nunca deve o professor sentar-se, dizendo: "Já terminei." -- Testimonies on Sabbath School Work, 18, 19. Indolência espiritual CES 116 1 Em algumas Escolas Sabatinas, dão-se cargos a pessoas que não têm aptidão para ensinar. Não sentem sincero amor pelas almas. Elas próprias não entendem metade dos princípios práticos da verdade. Como podem, então, conduzir as crianças e jovens à Fonte viva? Que os próprios professores bebam a largos sorvos da água da salvação; os anjos de Deus serão seus ministradores, e saberão precisamente qual o rumo que o Senhor deseja que tomem, a fim de conquistar para Jesus a preciosa juventude. Isso exige aptidão, vontade, perseverança, um espírito como o manifestou Jacó ao lutar em oração, exclamando: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." Ao repousar sobre os professores, a bênção divina não deixará de refletir-se sobre os que estão ao seu cuidado. Nunca deveis colocar a juventude sob a orientação de indivíduos espiritualmente indolentes, os quais não possuam altas, elevadas, santas aspirações, porque o mesmo espírito de indiferença, farisaísmo e formalidade, será visto tanto nos professores como nos alunos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 13. Controvérsia na classe CES 117 1 As lições ensinadas na Escola Sabatina devem ser de molde a iluminar o coração e a mente. E para que isso se realize, devem os professores estar sob a influência do Espírito Santo, vencendo todo egoísmo, toda palavra precipitada e ato inconsiderado, a fim de que a graça de Deus se manifeste cooperando com o esforço humano para a salvação de almas. Deve ser esse o grande objetivo da Escola Sabatina. Não deve esta tornar-se lugar de controvérsia; não se devem ali manifestar diferenças de opinião. Mantenha-se a harmonia, conservando fora da escola essa espécie de trabalho. Quando se manifestarem idéias que sejam debatidas pelos membros, não se levante espírito combativo, seguindo-se discussões e controvérsias. -- Testimonies on Sabbath School Work, 51, 52. Ler a lição CES 117 2 Lamento dizer que em algumas escolas prevalece o costume de ler a lição. Isso não deve ser assim. Não precisaria ser assim, se o tempo, que muitas vezes é empregado desnecessária e até pecaminosamente, fosse destinado ao estudo das Escrituras. Não há razão por que as lições da Escola Sabatina devam, por professores e alunos, ser aprendidas com menos perfeição do que as lições da escola diária. Devem ser melhor aprendidas, pois tratam de assuntos infinitamente mais importantes. Essa negligência é desagradável a Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 10. Estudo superficial CES 118 1 Cada professor deve reconhecer que é um missionário de Deus. Deve aproveitar seus momentos e capacidade para obter conhecimentos da Palavra divina, a fim de poder transmiti-los aos alunos. Os professores que não estudam, tornam-se incompetentes para o cargo. Em seu trabalho, precisam ter vivacidade de idéias, sábios e vigorosos planos, vida e tato. Devem ser aptos para ensinar. CES 118 2 O professor não deve limitar-se a repetir as palavras da lição, mas precisa estar familiarizado não só com as palavras como com as idéias. Todo professor, antes de assumir a direção de sua classe, deve ter distintamente delineados na mente planos referentes ao que precisa fazer naquele dia e naquela ocasião. Recitar uma lição perante a classe não é ensiná-la; deveis ter palavras simples, e expor clara e distintamente as idéias. Assegurai-vos de que vossos alunos vos entendem. Se não vos compreendem as idéias, vosso trabalho está perdido. Não toqueis levemente a superfície; cavai fundo. A Bíblia é a regra e guia da vida. A mente e o coração dos jovens devem ser levados em contato imediato com a sã doutrina; assim produzirão frutos, pois se verá a prática sã, como resultado de vossos esforços. -- Testimonies on Sabbath School Work, 24. Observações longas e tediosas CES 119 1 Os que instruem crianças devem evitar tediosas observações. Terão feliz influência as observações curtas e positivas. Se há muito a ser dito, compense-se a brevidade com a freqüência. Umas poucas palavras de interesse de vez em quando serão mais benéficas do que se forem ditas de uma só vez. Longos discursos sobrecarregam o espírito das crianças. Demasiado falar levá-las-á a aborrecer até a instrução espiritual, como o comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, levando mesmo a aborrecer o alimento. A mente do povo pode enfartar-se com o falar em excesso. O trabalho pela igreja, e especialmente pela juventude, deve ser feito regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. Dai às mentes tempo para assimilar as verdades com que as alimentais. As crianças precisam ser atraídas para o Céu, não asperamente, mas com muita brandura. -- Testimonies on Sabbath School Work, 107. O que significa ser coobreiro de Deus CES 119 2 "Exorta semelhantemente os mancebos a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." CES 119 3 Onde há falta de sincera piedade, onde se negligencia a comunhão diária com Deus, o professor da Escola Sabatina será frio e enfadonho em sua maneira de ensinar. Suas palavras não terão o poder de alcançar o coração dos alunos. CES 120 1 Ser coobreiro de Deus quer dizer muito mais do que ir meramente à Escola Sabatina, assistir aos serviços da igreja, tomar parte no ensino e dar testemunho nos cultos. CES 120 2 Ser coobreiro de Deus significa ter o coração a arder no desejo de salvar os pecadores por quem Cristo morreu. Significa que estais cheios de solicitude pela obra, sempre planejando para tornar interessante vossa instrução, imaginando meios de vos conduzirdes com todas as faculdades que vos foram confiadas para o rumo em que Cristo conduz, a fim de que almas sejam ganhas para Seu serviço e a Ele ligadas pelos laços de Seu infinito amor. A obra maculada por esforço não consagrado CES 120 3 Os coobreiros de Deus não recuam diante de sagrados deveres; mas por amor de Cristo estão prontos a suportar o trabalho, a sofrer privação e vitupério. Estão prontos a enfrentar repulsas, embora isso seja difícil de suportar e humilhante ao orgulho humano. Mas o coobreiro de Deus se lembrará de que Jesus suportou vergonha e insulto, rejeição e morte, para que pudesse salvar os perdidos. Qualquer parte que tenhamos na variada obra da seara significa sacrifício e renúncia. Significa que o tempo usualmente gasto em coisas de menor importância deve ser empregado no exame das Escrituras, para que saibais como trabalhar com êxito na obra que vos foi designada. Significa que deveis familiarizar-vos com o Espírito de Deus; que deveis orar muito, e pensar muito seriamente quanto ao modo de empregar toda capacidade de vossa natureza para levar avante com eficiência a obra de Deus. CES 121 1 Sois servos empregados por Deus, a quem Ele delegou a edificação de Seu reino na Terra, e deveis fazer vossa parte na salvação de almas por quem Cristo pagou o preço de Seu próprio sangue. É então coisa leve ensinar na Escola Sabatina, sem preparar o coração para essa momentosa tarefa? Muitos dos que se encarregam do ensino de uma classe, sentem por ela pouco interesse, e, por seus esforços não consagrados, danificam a sagrada obra. -- Testimonies on Sabbath School Work, 67, 68. A tentação de se exibir CES 121 2 Tanto na classe primária como nas mais adiantadas, os professores precisam buscar na grande fonte de luz a sabedoria, a graça e o poder para moldar o coração dos alunos e tratar inteligentemente com os resgatados pelo sangue de Cristo. Todo professor deve ser humilde seguidor daquele que é manso e humilde de coração. Ninguém deve estudar ou trabalhar com o objetivo de ser considerado um mestre superior ou pessoa de extraordinária capacidade, mas para que possa levar almas a Cristo. Sobrevirão tentações para entremear o próprio eu em tudo o que for feito, mas assim fazendo, prejudicaremos nosso trabalho, pois isso nos levará a longas e secas observações que não hão de interessar ou beneficiar as crianças. -- Testimonies on Sabbath School Work, 35. Serviço de todo o coração CES 122 1 O Senhor quer na Escola Sabatina professores que trabalhem de todo o coração, que pelo exercício aumentem seus talentos e progridam naquilo que já conseguiram. O Senhor quer, na igreja, cristãos que trabalhem, pois estes têm menos tentações que os que pouco fazem. Os que verdadeiramente crêem em Cristo, tornar-se-ão cooperadores de Deus. Serão dirigidos por Seu Espírito; suas afeições serão purificadas, controladas as suas paixões, e na vida aparecerão preciosos frutos para a glória de Deus; pois os que verdadeiramente crêem em Cristo, refletirão luz. -- Testimonies on Sabbath School Work, 53. A salvação de almas deve ser o mais alto interesse CES 122 2 Os deveres dos professores são pesados e sagrados, mas parte alguma do trabalho é mais importante do que cuidar da juventude com solicitude amorável e terna, para que sintam que temos neles um amigo. Uma vez conquistada sua confiança, ser-vos-á fácil guiá-los, controlá-los, educá-los. Os santos motivos de nossos princípios cristãos devem ser introduzidos em nossa vida. A salvação de nossos alunos é a mais elevada tarefa confiada ao professor temente a Deus. Ele é obreiro de Cristo, e seus esforços especiais e determinados devem ser salvar almas da perdição e levá-las a Jesus Cristo. Deus requererá isto das mãos dos professores. Cada um deve levar uma vida de piedade, de pureza, de consciencioso esforço no desempenho de cada dever. Se o coração se inflama com o amor de Deus, haverá pureza de afeições, o que é essencial; as orações serão fervorosas e serão dadas fiéis advertências. Negligenciai isto e as almas sob vosso cuidado estarão em perigo. É preferível gastar menos tempo em longas pregações ou absorvente estudo, e atender a esses deveres negligenciados. A perseverança recompensada CES 123 1 Depois de todos esses esforços, verificarão os professores que alguns sob seu cuidado desenvolverão caráter sem princípios. São frouxos na moral, como resultado, em muitos casos, do exemplo vicioso e negligente da disciplina paterna. E embora os professores façam tudo o que puderem para levar esses jovens a uma vida de pureza e santidade, falharão; e depois de paciente disciplina, afetuoso labor, ferventes preces, serão desapontados por aqueles de quem tanto esperaram. E além disto, experimentarão as reprovações dos pais por não terem sido capazes de conter a influência de seu próprio exemplo e insensata educação. O professor conhecerá tais desalentos depois de haver cumprido seu dever. Mas deve continuar trabalhando, confiando em que Deus trabalha com ele, varonilmente firme em seu posto, prosseguindo em fé. Outros serão salvos para Deus, e a influência destes será exercida para salvar a outros mais. Que os ministros, os professores da Escola Sabatina e de nossos colégios unam alma, coração e propósito na obra de salvar nossa juventude da ruína. -- Fundamentos da Educação Cristã, 116, 117. Exaltar a Cristo CES 124 1 Quando devidamente representado pelos que pretendem ser cristãos, o evangelho é o poder e sabedoria de Deus. Cristo crucificado por nossos pecados deve humilhar em sua própria estima toda alma perante Deus. Cristo ressuscitado dos mortos, assunto ao céu, nosso vivo Intercessor na presença de Deus, é a ciência da salvação que precisamos aprender e ensinar às crianças e jovens. Jesus declarou: "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." É esta a obra que sempre repousa sobre cada professor. Não se deve fazer nenhum trabalho descuidado nesse assunto, pois até a educação das crianças nas escolas diárias requer muito da graça de Cristo e subjugação do próprio eu. Os que são naturalmente irritáveis, facilmente provocados, e têm acariciado o hábito de criticar e pensar mal, deveriam ter outra espécie de trabalho, que não reproduza, nas crianças e jovens, qualquer de seus traços desagradáveis de caráter, pois aqueles custaram preço demasiado alto. O Céu vê na criança o homem ou mulher não desenvolvidos, com capacidade e poderes que, corretamente guiados e desenvolvidos, com sabedoria celestial, se tornarão o instrumento humano pelo qual as influências divinas podem cooperar, para serem coobreiros de Deus. As palavras ásperas e contínua censura confundem, mas não reformam a criança. Não pronuncieis essa palavra irritada; conservai vosso próprio espírito sob a disciplina de Jesus Cristo; aprendereis então a ter compaixão e simpatia para com os que estiverem sob vossa influência. -- Testimonies on Sabbath School Work, 87, 88. Classes inteiras convertidas CES 125 1 Como obreiros de Deus, precisamos mais de Jesus e menos de nós mesmos. Devemos sentir maior preocupação pelas almas, e orar diariamente pedindo que nos sejam concedidas força e sabedoria para o sábado. Professores, uni-vos com vossas classes. Orai com elas e ensinai-as a orar. Seja o coração abrandado e as petições, curtas e simples, mas fervorosas. Vossas palavras sejam poucas e bem escolhidas; que aprendam de vossos lábios e exemplo, que a verdade de Deus se lhes deve arraigar na alma, ou não poderão subsistir à prova da tentação. Precisamos ver classes inteiras de jovens converterem-se a Deus e desenvolverem-se em úteis membros da igreja. -- Testimonies on Sabbath School Work, 19, 20. CES 125 2 Não permitais que, durante a semana, toda vossa força e energia sejam empregadas em coisas mundanas e temporais, de maneira que, no sábado, não tenhais energia e força moral para dedicar ao serviço de Cristo. Há um sério trabalho a ser feito justamente agora. Não temos um momento de tempo para usar egoisticamente. Que tudo o que fizermos seja com o único fim de glorificar a Deus. Não descanseis até que toda criança de vossa classe seja levada ao conhecimento salvador de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14. O supremo gozo CES 126 1 Aos que são aceitos como professores em nossas escolas está aberto um campo para ser trabalhado e cultivado para a semeadura da semente e a colheita do grão amadurecido. Que pode proporcionar maior satisfação do que ser cooperador de Deus na educação e preparo das crianças e jovens para amarem a Deus e guardarem os Seus mandamentos? Guiai a Jesus as crianças que estais instruindo na escola diária e na Escola Sabatina. Que vos pode dar maior gozo do que ver crianças e jovens seguindo a Cristo, o grande Pastor, o qual chama e as ovelhas e cordeiros ouvem-Lhe a voz e O seguem? Que pode espargir mais luz na alma do obreiro devotado e interessado do que saber que seu perseverante e paciente esforço não foi em vão no Senhor, e ver seus alunos com o brilho do Sol na alma porque Cristo lhes perdoou os pecados? Que pode dar mais satisfação ao coobreiro de Deus, do que ver crianças e jovens recebendo as impressões do Espírito de Deus em verdadeira nobreza de caráter e na restauração da imagem moral de Deus -- crianças buscando a paz que vem do Príncipe da paz? -- Fundamentos da Educação Cristã, 271. ------------------------Capítulo 5 -- Ofertas missionárias semanais Ofertas de gratidão por realizações passadas CES 129 1 Somos gratos a Deus por terem nossas Escolas Sabatinas contribuído bastante para o progresso de muitos empreendimentos valiosos. As crianças e os jovens têm dado suas moedas que, como pequenos regatos, se transformaram num rio de beneficência. As crianças devem ser educadas de tal modo que pratiquem atos abnegados, que o Céu se regozijará em contemplar. Quando sobre elas estiver o orvalho da juventude, devem ser preparadas para trabalhar para Cristo. Ensine-se-lhes a serem abnegadas. -- Testimonies on Sabbath School Work, 113. Ofertas sistemáticas e regulares CES 129 2 Esta questão de dar não foi deixada à mercê dos impulsos. Deus nos tem dado instruções definidas a esse respeito. Ele especificou dízimos e ofertas como a medida de nossa obrigação. E deseja que demos regular e sistematicamente. Paulo escreveu à igreja de Corinto: "Quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós coloque de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." Examine cada um regularmente sua renda, a qual é toda uma bênção de Deus, e coloque de parte o dízimo como um fundo separado, para ser sagradamente do Senhor. Esse fundo não deve em caso algum ser empregado em qualquer outro fim; unicamente para sustento do ministério evangélico. Depois de separado o dízimo, sejam tirados donativos e ofertas, segundo "a prosperidade" que Deus lhe deu. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1893. Ofertas semanais sistemáticas CES 130 1 As ofertas das criancinhas são aceitáveis e agradáveis a Deus. O valor da oferta mede-se pelo espírito que a anima. Os pobres, pondo de parte cada semana uma pequena soma, conforme a regra do apóstolo, ajudam a fortalecer o tesouro, e suas dádivas são inteiramente aceitas a Deus; pois fazem sacrifício tão grande, e mesmo maior que seus irmãos abastados. O plano de beneficência sistemática provar-se-á uma salvaguarda a toda família contra a tentação de dispor dos recursos para coisas desnecessárias, e especialmente mostrará ser uma bênção para os ricos, pois que os preserva de se mostrarem condescendentes para com as extravagâncias. CES 130 2 Pondo cada membro da família em plena execução o plano, toda semana são trazidas à lembrança as reivindicações de Deus a cada família; e ao se negarem alguma superfluidade a fim de terem meios para depositar na tesouraria, o coração estará sendo impressionado com lições de valor sobre a abnegação para a glória de Deus. Uma vez em cada semana cada um é posto face a face com os efeitos da semana anterior -- a renda que teria alcançado se tivesse sido econômico, e os recursos que lhe faltam por ter sido condescendente. Sua consciência é retida, por assim dizer, diante de Deus, e o elogia ou acusa. Ele aprende que se possui paz de espírito e o favor de Deus, deve comer, beber e vestir-se para Sua glória. Uma grande honra CES 131 1 Deus, em Seus sábios planos, fez depender o avanço de Sua causa dos esforços pessoais de Seu povo, e de suas ofertas voluntárias. Aceitando a cooperação do homem no grande plano da redenção, sobre ele colocou uma assinalada honra. Não pode o ministro pregar, a não ser que seja enviado. A tarefa de disseminar a luz não repousa sobre o ministro apenas. Cada pessoa, uma vez havendo-se tornado membro da igreja, obriga-se a ser um representante de Cristo, vivendo a verdade que professa. Os seguidores de Cristo devem levar avante a obra que Ele deixou para eles quando ascendeu ao Céu. -- Testimonies for the Church 4:464. A providência de Deus antecede nossa liberalidade CES 131 2 As pequenas e grandes correntes de beneficência devem ser mantidas sempre fluindo. A providência de Deus vai muito adiante de nós, movendo-se muito mais depressa que a nossa liberalidade. O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela cobiça, pela extravagância e amor à ostentação. Sobre toda a igreja recai a solene responsabilidade de fazer prosperar cada ramo da obra. Se seus membros seguirem a Cristo, negarão a inclinação do exibicionismo, o amor dos vestidos, das casas elegantes e custoso mobiliário. É preciso que haja muito maior humildade, muito maior distinção do mundo, entre os adventistas do sétimo dia, doutro modo Deus não nos aceitará, seja qual for nossa posição ou o caráter da obra em que estivermos empenhados. Economia e abnegação proverão para muitos, em condições medianas, os meios para beneficência. É dever de todo discípulo de Cristo, andar humildemente na trilha da abnegação palmilhada pela Majestade do Céu. Toda a vida do cristão deve ser de altruísmo, para que, ao serem feitos pedidos de auxílio, ele possa responder prontamente. CES 132 1 Enquanto Satanás operar com irrefreável energia para destruir as almas; enquanto houver um chamado para obreiros no vasto campo da seara, haverá o convite para que se dê para o sustento da obra de Deus em qualquer de seus inúmeros setores. Solucionamos uma necessidade apenas para dar lugar a que se solucione outra de igual caráter. A abnegação pedida para que se obtenham meios a serem aplicados naquilo a que Deus dá o maior valor, desenvolverá hábitos e um caráter que nos garantirão a aprovação "bem está", e nos capacitarão a habitar para sempre na presença dAquele que por nós Se tornou pobre, para que por Sua pobreza herdássemos riquezas eternas. -- Testimonies for the Church 7:296, 297. Quando nos podemos cansar de dar CES 133 1 "Bem", poderá alguém dizer, "continuam a vir sempre os pedidos para dar à Causa. Estou cansado de dar." Estais? Então permiti que eu pergunte: Estais cansados de receber benefícios das mãos de Deus? Enquanto Ele não cessar de vos abençoar achar-vos-eis debaixo da obrigação de Lhe devolver a porção que Ele reclama. Ele vos abençoa para que esteja em vosso poder abençoar a outros. Quando estiverdes cansados de receber, podereis dizer: "Estou cansado de tantos convites para dar." -- Testimonies for the Church 5:150. Ampliação da obra CES 133 2 O povo de Deus tem diante de si uma poderosa obra, uma obra que deve erguer-se continuamente a maiores preeminências. Nossos esforços nas atividades missionárias devem tornar-se muito mais amplos. Antes da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo deverá ser feita uma obra mais decidida do que a que se fez até agora. O povo de Deus não deve cessar de trabalhar até que haja envolvido o mundo. -- Testimonies for the Church 6:23, 24. Não pedir diminuição CES 133 3 De cada igreja devem subir a Deus orações para aumento de devoção e liberalidade. Meus irmãos e irmãs, não peçais diminuição da obra evangelística. Enquanto houver almas para serem salvas, nosso interesse nessa obra não deve conhecer abatimento. A igreja não pode encurtar sua tarefa sem negar o seu Mestre. Nem todos podem ir aos campos estrangeiros como missionários, mas todos podem dar de seus meios para o avançamento das missões estrangeiras. -- Testimonies for the Church 9:55, 56. Faremos o melhor? CES 134 1 Minha alma freme em mim quando de todas as direções, das cidades e vilas de nossa própria terra, através do Atlântico, do vasto Pacífico e das ilhas do mar vem o clamor macedônio: "Passa... e ajuda-nos." Irmãos e irmãs, respondereis ao chamado, dizendo: "Faremos o melhor, quer enviando missionários, quer dinheiro. Negaremos a nós mesmos no embelezamento de nossos lares, no adorno de nossa pessoa e na satisfação de nosso apetite. Daremos para a causa de Deus os meios a nós confiados, e nos devotaremos a nós mesmos sem reserva para a Sua obra?" As necessidades da causa são expostas diante de nós; as arcas vazias apelam para nós de maneira patética, pedindo auxílio. Um dólar é agora de mais valor para a obra do que dez no futuro. CES 134 2 Trabalhai, irmãos, trabalhai enquanto tendes oportunidade, enquanto é dia. Trabalhai, pois "a noite vem, quando ninguém pode trabalhar". Quão cedo pode vir a noite, não podeis dizer. Agora é a vossa oportunidade; aproveitai-a. Se há alguém que não pode dar auxílio pessoal no trabalho missionário, que viva economicamente, e dê de suas economias. -- Testimonies for the Church 5:732, 733. Oração e ofertas para as missões CES 135 1 Irmãos e irmãs, comprometeis-vos diante de Deus hoje a orar por aqueles que foram escolhidos para ir a outras terras? Comprometeis-vos a não apenas orar por eles, mas a sustentá-los com vossos dízimos e ofertas? Comprometeis-vos a praticar estrita abstenção para que possais ter mais para dar para o avançamento da obra nas "regiões além"? Sentimo-nos movidos pelo Espírito de Deus a pedir que vos comprometais diante dEle a separar alguma coisa semanalmente para a manutenção de nossos missionários. Em assim fazendo Deus vos ajudará e abençoará. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. Descobrir meios e recursos CES 135 2 A igreja de Cristo na Terra foi organizada com propósito missionário, e o Senhor deseja ver toda a igreja planejando caminhos e meios pelos quais o exaltado e o humilde, o rico e o pobre, possam ouvir a mensagem da verdade. Nem todos são chamados a trabalho pessoal nos campos missionários, mas todos podem fazer alguma coisa por meio de suas orações e ofertas, para ajudar a obra missionária. CES 135 3 Um cidadão americano, homem de negócio, fervoroso cristão, em conversa com um colega, fez notar que ele próprio trabalhava para Cristo 24 horas por dia. "Em todas as minhas relações comerciais", disse ele, "procuro representar meu Mestre. Quando encontro oportunidade, procuro salvar outros para Ele. Trabalho para Cristo durante o dia todo. E à noite, enquanto durmo, tenho na China um homem trabalhando para Ele." -- Testimonies for the Church 6:29. Promover o trabalho missionário local CES 136 1 Mostrar um espírito liberal, abnegado para com o êxito das missões estrangeiras, é um meio seguro de fazer avançar a obra missionária na pátria; pois a prosperidade da obra nacional depende grandemente, abaixo de Deus, da influência reflexa da obra evangélica feita nos países afastados. É trabalhando para prover às necessidades de outros, que pomos nossa alma em contato com a Fonte de todo poder. O Senhor tem observado todos os aspectos do zelo missionário manifestado por Seu povo em favor dos campos estrangeiros. É Seu desígnio que, em todo lar, toda igreja e em todos os centros da obra, se manifeste um espírito de liberalidade no enviar auxílio aos campos estrangeiros, onde os obreiros estão lutando contra grandes desvantagens para comunicar a luz da verdade aos que se acham assentados em trevas. Aquilo que é dado para iniciar a obra num campo, redunda em avigoramento da mesma em outros lugares. -- Obreiros Evangélicos, 465, 466. Deus honra o despenseiro fiel CES 136 2 Deus fez dos homens os Seus despenseiros. A propriedade que Ele pôs em suas mãos são os meios que Ele proveu para a propagação do evangelho. Àqueles que se mostrarem mordomos fiéis Ele confiará maiores bens. Diz o Senhor: "Aos que Me honram honrarei." "Deus ama ao que dá com alegria", e quando Seu povo, com corações gratos, Lhe trazem seus dons e ofertas, "não com tristeza, ou por necessidade", Suas bênçãos os acompanharão, conforme Ele prometeu. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." -- Patriarcas e Profetas, 529. O que poderia ter sido CES 137 1 Um dilúvio de luz está irradiando da Palavra de Deus, e é preciso que haja um despertamento para oportunidades negligenciadas. Quando todos forem fiéis em devolver a Deus o que a Ele pertence em dízimos e ofertas, abrir-se-á o caminho para que o mundo ouça a mensagem para este tempo. Se o coração do povo de Deus se enchesse do amor de Cristo; se cada membro de igreja fosse inteiramente imbuído do espírito de sacrifício; se todos manifestassem completo fervor, não haveria falta de fundos para as missões nacionais ou estrangeiras. Nossos recursos seriam multiplicados; mil portas de utilidade se abririam e nós seríamos convidados a entrar. Tivesse sido o propósito de Deus em dar ao mundo a mensagem de misericórdia executado por Seu povo, e Cristo já poderia ter vindo à Terra e os santos já teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. -- Testimonies for the Church 6:450. Bênção permanente sobre o permanente doador CES 137 2 Se todos os que se dizem filhos e filhas de Deus fossem conscienciosos em sua obrigação para com Deus e o próximo no que diz respeito a dízimos e ofertas, haveria abundância no tesouro para sustentar a obra de Deus nos diferentes ramos em todo o mundo. Na medida em que repartissem, o Senhor abriria caminhos pelos quais pudessem ser habilitados a dar continuamente, pois estavam continuamente recebendo. Não haveria então ocasião para fazerem-se apelos visando meios para o sustento da causa. Se o princípio de dar ao Senhor o que Lhe pertence fosse praticado regular e sistematicamente, haveria manifestação de reconhecimento da parte de Deus. "Ao que Me honra, honrarei." -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. Mais elevados motivos que a mera simpatia CES 138 1 As trevas morais de um mundo arruinado apelam a homens e mulheres cristãos para que se entreguem a esforço individual, para que dêem de seus meios e influências, a fim de que possam eles alcançar a imagem dAquele que, embora possuindo infinitas riquezas, Se fez pobre por nós. O Espírito de Deus não pode habitar com aqueles que, havendo-lhes Ele enviado a mensagem de Sua verdade, precisam ser constrangidos antes que possam ter qualquer senso de seu dever como coobreiros de Cristo. O apóstolo faz realçar o dever de dar com mais elevados motivos que a mera simpatia humana, pois os sentimentos são instáveis. Ele dá ênfase ao princípio de que devemos trabalhar singela e altruisticamente para glória de Deus. -- Testimonies for the Church 3:391. Vencendo o natural egoísmo CES 138 2 Não são os homens por natureza inclinados à benevolência, mas à mesquinhez e avareza, e a viverem para o eu. Satanás está sempre pronto a apresentar as vantagens que poderão advir pelo uso de todos os meios, para propósitos egoístas e mundanos; e se alegra quando consegue influenciá-los para se esquivarem ao dever e a roubarem a Deus nos dízimos e ofertas. Mas neste assunto ninguém fica escusado. "Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." O pobre, o rico, os rapazes e as moças que recebem salário -- todos devem pôr de parte alguma coisa; pois Deus o reclama. A prosperidade espiritual de cada membro da igreja depende do esforço pessoal e da estrita fidelidade a Deus. -- Testimonies for the Church 5:382. Ensinar beneficência às crianças no lar CES 139 1 Nosso grande adversário está constantemente trabalhando, com poder, para atrair a juventude à condescendência própria, orgulho e extravagância, a fim de que sua mente e coração estejam tão cheios dessas coisas que, em suas afeições, não haja lugar para Deus. Por esses meios, está ele deturpando o caráter e diminuindo o intelecto dos jovens desta geração. É o dever dos pais impedir-lhe a operação. Toda influência que tenda a preservar no coração dos jovens verdadeira e sincera humildade e o conhecimento da vontade divina, ajudará a impedir que sejam corrompidos pelos vícios deste século. CES 139 2 Uma das mais eficazes barreiras contra a onda do mal é o cultivo de hábitos de abnegação e benevolência. As crianças devem ser educadas a olhar com desgosto os hábitos de egoísmo e ambição. Deus tem sobre elas sagrados direitos e precisam ser instruídas, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, a reconhecer e estimar conscienciosamente esses direitos. CES 140 1 Deve ser conservado perante as jovens e tenras mentes que, no sol e na chuva, que fazem florescer a vegetação e a terra produzir suas novidades para servir o homem, Deus está constantemente dando Suas bênçãos a Seus filhos confiantes. Essas bênçãos não nos são concedidas para animar nossa natureza egoísta a reter os tesouros da bondade divina, fixando nelas nossas afeições, mas para que devolvamos ao Doador, dádivas e ofertas. É esta a menor expressão de gratidão e amor que podemos render a nosso amorável Criador. CES 140 2 Tem havido grande negligência por parte dos pais em procurar interessar os filhos nos desenvolvimentos da causa de Deus. Em muitas famílias as crianças parecem ser postas de lado, como se fossem seres irresponsáveis. A fim de juntar riquezas para os filhos, muitos pais chegam mesmo a roubar a Deus de Seus justos direitos aos dízimos e ofertas, sem pensar que, assim fazendo, abrem a seus queridos uma porta de tentação que geralmente se demonstrará sua ruína. Removem dos filhos a necessidade de esforço pessoal e, com ele, o incentivo às realizações nobres. CES 140 3 Se a isso fossem animadas, as crianças obteriam recursos para devotar a fins de beneficência e ao avançamento da causa divina, e o fato de terem investido alguma coisa nesses empreendimentos lhes aumentaria o interesse. Seus pequenos donativos seriam um auxílio apreciável e, devido ao esforço feito, as próprias crianças estariam melhor, tanto física como mental e moralmente. Mediante sua diligência e abnegação, alcançariam valiosa experiência que as ajudaria a ter êxito nesta vida e a assegurar a vida por vir. -- Testimonies on Sabbath School Work, 98-100. Restrição a necessidades imaginárias CES 141 1 Se os homens fossem hoje em dia simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da Natureza, como faziam Adão e Eva no princípio, haveria abundante provisão para as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias e mais oportunidades de trabalhar em harmonia com os desígnios de Deus. Mas o egoísmo e a condescendência com os gostos naturais têm trazido pecado e miséria ao mundo, por excesso de um lado, e carência do outro. -- O Desejado de Todas as Nações, 367. Não haverá necessidade de estímulos nocivos CES 141 2 Os que têm em vista as realidades eternas, que amam ao Senhor de todo o coração, de toda a alma e com todas as forças, e a seu próximo como a si mesmos, cumprirão conscienciosamente seu inteiro dever, como se a cortina fosse descerrada e eles vissem que estavam trabalhando sob as vistas do Universo celestial. O espírito de liberalidade cristã se fortalecerá à medida que for exercitado, e não necessitará ser estimulado por processos espúrios. Todos os que possuem este espírito, o Espírito de Cristo, levarão com viva alegria suas ofertas para o tesouro do Senhor. Inspirados pelo amor a Cristo e pelas almas por quem Ele morreu, desempenham sua parte com intenso fervor e fidelidade. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. O rendimento das pequenas ofertas CES 142 1 Os pais não têm ensinado aos filhos os preceitos da lei como Deus lhes ordenou. Eles os têm educado em hábitos de egoísmo. Têm-nos ensinado a considerar seus aniversários e festas como ocasiões em que esperam receber presentes e seguir os hábitos e costumes do mundo. Tais oportunidades, que deveriam servir para incrementar o conhecimento de Deus e despertar a gratidão do coração por Sua misericórdia e amor em preservar-lhes a vida por mais um ano, são transformadas em ocasiões para agradar-se a si mesmos, para adulação e glorificação dos filhos. Foram eles guardados pelo poder de Deus em cada momento de sua vida, e contudo os pais não ensinam seus filhos a nisto pensar e exprimir gratidão por Sua misericórdia para com eles. Se crianças e jovens tivessem sido convenientemente instruídos nesta fase do mundo, que honra, que louvor e graças subiriam de seus lábios a Deus! Que soma de pequenas ofertas seria levada pelas mãos desses pequeninos ao tesouro do Senhor como sinal de gratidão! Deus seria lembrado em vez de esquecido. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894. Ofertas natalícias CES 143 1 Na dispensação judaica, por ocasião do nascimento dos filhos, era feita uma oferta a Deus, por indicação dEle próprio. Agora vemos os pais tendo o especial cuidado de dar presentes aos filhos por ocasião de seus aniversários. Fazem disto uma ocasião para honrar a criança, como se a honra fosse devida ao ser humano. Satanás tem nisto encontrado seu próprio objetivo; tem desviado a mente e as ofertas para seres humanos; assim os pensamentos dos filhos concentram-se em si mesmos, como se devessem eles ser feitos objeto de especial favor. Aquilo que devia retornar a Deus em ofertas que abençoassem o necessitado e levassem a luz da verdade ao mundo, é desviado do justo canal e frequentemente faz mais mal que bem, agindo como encorajamento à vaidade, ao orgulho e à presunção. Por ocasião de aniversários, os filhos devem ser ensinados que têm motivos de gratidão para com Deus por Sua terna benignidade em lhes conservar a vida por um ano mais. Podem-se dar assim preciosas lições. Pela vida, a saúde, o alimento, o vestuário, não menos que pela esperança de vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as mercês; e devemos a Deus o reconhecimento de Seus dons, e apresentar nossas ofertas de gratidão, a nosso maior benfeitor. Essas ofertas natalícias são reconhecidas no Céu. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1890. Uma Lembrança do Cuidado e Amor de Deus CES 143 2 Nossos aniversários, Natal e festas do Dia de Ações de Graças, são não raro devotados a satisfações egoístas, quando a mente devia ser dirigida para a amorável bondade e misericórdia de Deus. É desagradável ao Senhor que Sua bondade, Seu constante cuidado, Seu incessante amor, não sejam trazidos à mente nas ocasiões de aniversário. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890. Dando Prioridade a Deus CES 144 1 As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta de nossas reais ou supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos devemos separar e oferecer a Deus a parte que de nós requer. Na antiga dispensação uma oferta em ações de graças era conservada sempre queimando sobre o altar, evidenciando assim a eterna obrigação em que estamos para com Deus. Se somos prósperos em nossos negócios materiais, é porque Deus nos abençoa. Uma parte de nossa renda deve ser consagrada aos pobres e uma grande parte à causa de Deus. Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se um homem rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que possui. -- Testimonies for the Church 4:477. Nosso exemplo divino CES 144 2 O fundamento do plano da salvação foi estabelecido em sacrifício. Jesus deixou as cortes reais e tornou-Se pobre, para que por Sua pobreza fôssemos enriquecidos. Todos os que participam desta salvação, adquirida para eles por tão infinito sacrifício do Filho de Deus, seguirão o exemplo do verdadeiro Modelo. Cristo foi a principal Pedra de esquina, e sobre este fundamento devemos nós edificar. Cada um deve possuir espírito de altruísmo e negação do eu. -- Testimonies for the Church 3:387. Cristo avalia as obras de amor CES 145 1 Cristo dá valor aos atos de sincera cortesia. Quando qualquer pessoa Lhe prestava um favor, com celestial delicadeza Ele a abençoava. Não recusava a mais singela flor arrancada pela mão de uma criança e a Ele oferecida com amor. Aceitava as ofertas dos pequeninos, e abençoava os doadores inscrevendo-lhes o nome nos livros da vida. A unção feita por Maria acha-se nas Escrituras, mencionada como distintivo das outras Marias. Atos de amor e reverência para com Jesus são uma demonstração de fé nEle como Filho de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 564. CES 145 2 Nenhuma oferta é pequena quando dada com sinceridade e alegria de alma. -- Parábolas de Jesus, 359. A parte de Deus e a nossa CES 145 3 O único meio ordenado por Deus para o avançamento de Sua causa, visa abençoar os homens com posses. Ele dá-lhes sol e chuva; faz florir a vegetação; dá saúde e habilidade para adquirir meios. Todas as nossas bênçãos vêm de Suas mãos generosas. Por Sua vez espera que homens e mulheres mostrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas -- ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. -- Testimonies for the Church 5:150. A mais elevada eficácia da dádiva de amor CES 146 1 Deus Se deleita em honrar a oferta de um coração que ama, e dá-lhe a mais elevada eficiência em Seu serviço. Se dermos o coração a Jesus, dar-Lhe-emos também as nossas dádivas. Nosso ouro e prata, nossas mais preciosas posses terrestre, nossos mais elevados dotes mentais e espirituais ser-Lhe-ão inteiramente consagrados, a Ele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. -- O Desejado de Todas as Nações, 65. Uma condição de prosperidade CES 146 2 As contribuições exigidas dos hebreus para fins religiosos e caritativos, montavam a uma quarta parte completa de suas rendas. Uma taxa tão pesada sobre os recursos do povo poder-se-ia esperar que os reduzisse à pobreza; mas, ao contrário, a fiel observância destes estatutos era uma das condições de sua prosperidade. Sob a condição de sua obediência, Deus lhes fez esta promessa: "Por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril. ... E todas as nações vos chamarão bem-aventurados: porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos." -- Patriarcas e Profetas, 527. Cada oferta com seu motivo especificado CES 146 3 Foi-me mostrado que o anjo relator faz um fiel registro de cada oferta dedicada a Deus, e levada ao tesouro, e também do resultado final dos meios assim oferecidos. Os olhos de Deus tomam conhecimento de cada moeda dedicada a Sua causa, e a voluntariedade ou relutância do doador. O motivo em dar é anotado. Todos os abnegados e consagrados que devolvem a Deus o que Lhe pertence, tal como deles requer, serão recompensados de acordo com suas obras. Mesmo que sejam malbaratados os meios assim consagrados, de maneira que não realizem o objetivo que o doador tinha em vista -- a glória de Deus e salvação das almas -- os que fizeram o sacrifício em sinceridade de coração, tendo apenas em vista a glória de Deus, não perderão a sua recompensa. -- Testimonies for the Church 2:518, 519. ------------------------Capítulo 6 -- Princípios que regem a administração Seguir o objetivo CES 151 1 Não se deve perder de vista o desígnio da Escola Sabatina, ocupando em arranjos formais o tempo que deveria ser empregado para outros assuntos importantes. Devemos sempre guardar-nos das formas e cerimônias que eclipsem o verdadeiro objetivo por que trabalhamos. Há perigo em nos tornarmos tão sistemáticos que a Escola Sabatina se torne fatigante, quando, ao contrário, deve ser um descanso, um refrigério e uma bênção. CES 151 2 A pureza e simplicidade da Escola Sabatina não devem ser absorvidas por interminável variedade de formas, de maneira que não se possa dedicar tempo suficiente a interesses religiosos. A beleza e êxito da escola estão em sua simplicidade e fervor em servir a Deus. Nada se pode fazer sem ordem e regulamento, mas estes podem ser arranjados de maneira a excluir maiores e mais importantes deveres. Aos alunos dever-se-ia falar menos sobre os preliminares e sistema externos e muito mais sobre a salvação de sua alma. Deve ser esse o princípio dominante da escola. O perigo da fria formalidade CES 152 1 A velha, velha história do amor de Jesus, repetida pelos professores e pelo diretor, com esse amor no coração, terá um poder que convencerá e converterá almas. Se o amor e ternura de Jesus vos tocaram o coração, sereis capazes de trabalhar por vossos alunos. Deve-se ter em vista a simplicidade do evangelho. Auxiliados pelo Céu, podemos trabalhar fielmente pelo Mestre. Deve-se conservar continuamente perante os alunos o fato de que sem trabalho fervoroso serão em vão todos os nossos esforços. CES 152 2 Em cada movimento dos professores e dirigentes da escola devem-se ver afeição e amor. A fria formalidade deve ser substituída por fervoroso zelo e energia. Por tal forma deve o amor de Jesus penetrar toda a escola, que os alunos aprendam a considerar isso como a mais elevada educação. A severidade e censura não devem ter lugar na Escola Sabatina e na escola diária. Devem ser afastadas do coração dos professores, e de todos os que têm parte relevante na escola. CES 152 3 Não haja orgulho nas formas ou trabalhos mecânicos da escola, mas no benefício que é realizado em levar almas a Jesus Cristo. Pode-se fazer com que as máquinas correspondam à vontade do homem, trabalhando com perfeita exatidão, mas são destituídas de alma. O mesmo se dá com as escolas em que a formalidade toma o principal lugar; é, como o mármore, sem vida. Quando todos os que estão ligados à escola tiverem um sentimento da responsabilidade de seu trabalho e reconhecerem que se estão esforçando não só para o presente, mas para a eternidade, ver-se-ão ordem e harmonia em cada departamento. -- Testimonies on Sabbath School Work, 89, 90. Males do formalismo CES 153 1 O mal não é resultado da organização, mas de fazer-se de tudo motivo de organização, e tornar a piedade vital de pouca monta. Quando a forma e o mecanismo adquirem a preeminência, e a obra que devia ser feita com simplicidade é transformada em laboriosa tarefa, resultará mal, e pouco será realizado em proporção ao esforço feito. O objetivo da organização é justamente o reverso disto; e se devêssemos nos desorganizar, seria como que demolir o que foi construído. Maus resultados têm sido vistos tanto na Escola Sabatina como na sociedade missionária, pelo fato de fazer-se muito de mecânico, ao passo que a experiência vital é perdida de vista. Em muitos dos supostos melhoramentos levados a efeito, o que se tem feito é colocar o molde humano na obra. Têm sido aceitos na Escola Sabatina, como oficiais e professores, homens e mulheres cuja mente não estava espiritualizada, e que não tomaram vivo interesse na obra a eles confiada; mas apenas mediante o auxílio do Espírito Santo é que se pode pôr em ordem a situação. ... CES 153 2 Veríamos diferente estado de coisas se determinado número se consagrasse inteiramente a Deus, e então devotasse seus talentos à obra da Escola Sabatina, avançando sempre em conhecimento, educando-se para que pudessem instruir a outros quanto aos melhores métodos a serem empregados na obra; mas não devem os obreiros procurar métodos pelos quais ofereçam um espetáculo, consumindo tempo em representações teatrais e exibições de música, pois isto não beneficia a ninguém. Não é bom ensaiar crianças para que façam discursos em ocasiões especiais. Devem elas ser ganhas para Cristo, e em lugar de despender tempo, dinheiro e esforço para uma encenação, que todo esforço seja feito a fim de preparar os molhos para a colheita. CES 154 1 Muitas pessoas parecem pensar que tudo quanto era necessário na obra da Escola Sabatina era organizar a escola e exercitar os alunos para que pudessem proceder em harmonia com um conjunto de cerimônias e formas; e que se se pudesse conseguir pessoas como professores a Escola Sabatina andaria por si. Muitas vezes são escolhidos professores que não podem levar almas a Cristo porque não sabem considerá-Lo precioso a sua própria alma; mas todos os que não dão à alma o valor que os leve a trabalhar como Cristo desejaria que trabalhassem, não estarão ajuntando com Cristo. "Quem comigo [notem estas palavras] não ajunta, espalha." Se os professores não sentem a responsabilidade de levar almas a Jesus, far-se-ão indiferentes à verdade; tornar-se-ão descuidosos, e a atmosfera com que circundam a alma operará no sentido de afastá-los de Cristo. E com tais elementos na Escola Sabatina, haverá perpétuo conflito com dificuldades; pois quando os professores assumem o trabalho mas não têm interesse nele, os alunos participam do mesmo espírito. -- Fundamentos da Educação Cristã, 253, 254. Necessidade de consagração nos obreiros da escola sabatina CES 155 1 Os que se empenham na obra da Escola Sabatina devem ser pessoas que se tenham consagrado a Deus. Devem ser homens e mulheres fortes na fé, e de ardente compaixão, fervorosos de espírito e interessados em tudo que diz respeito à causa de Cristo. Devem entregar-se ao trabalho com abnegado esforço, qualquer que seja o sacrifício exigido, depondo-se sobre o altar e suplicando, com forte clamor e lágrimas, pela conversão dos jovens ao seu cuidado. Que toda ambição egoísta seja crucificada entre os que, na Escola Sabatina, desejam trabalhar para o Senhor, e "nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo". Que a primeira ambição do obreiro da Escola Sabatina seja a de educar jovens para, com simplicidade, cumprirem seu dever no temor de Deus. CES 155 2 A grande necessidade da Escola Sabatina não é de maquinário, mas de conhecimento nas coisas espirituais. Quão grandemente necessitam os obreiros de um batismo do Espírito Santo, para se tornarem verdadeiros missionários de Deus! Devem aprender a exercitar o máximo possível a mente, a fim de poder adquirir melhor conhecimento da verdade bíblica. Os professores da Escola Sabatina devem orar diariamente pedindo luz celestial, a fim de se habilitarem para abrir à mente dos jovens os tesouros da Santa Palavra. Por que não vos humilhar perante o Senhor, permitindo que a impressão do Espírito Santo se manifeste em vosso caráter e obra? Há demasiada condescendência consigo mesmos, demasiado formalismo e rotina entre os que se empenham na obra da Escola Sabatina, e tudo isso tende a desviar a alma da Fonte de água viva. -- Testimonies on Sabbath School Work, 73, 74. O preparo para a obra da escola sabatina CES 156 1 Existe entre nós carência de aptidões educadas, e não possuímos homens suficientemente preparados para corresponderem ao trabalho de dirigir nossas igrejas e Escolas Sabatinas. Muitos que conhecem a verdade não a compreendem ainda de maneira a se absterem de introduzir o que é deles próprios ao apresentá-la. Não estão preparados para expô-la de modo que seu caráter sagrado, solene, seja claro para o povo. Em vez de menos disciplina, necessitam de mais completo preparo. Impossível é a qualquer pessoa prever para que poderá ser chamada. Talvez seja colocada em situações em que necessite de pronto discernimento e argumentos ponderados, e portanto é para honra de Cristo que se multipliquem entre nós os obreiros bem educados; estarão mais habilitados a comunicar a verdade de maneira clara, inteligente, e a verdade deve ser apresentada o quanto possível livre de defeitos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 256, 257. Confiança em Deus CES 156 2 Nossas Escolas Sabatinas não são o que o Senhor deseja que sejam, pois ainda se confia demais nas formas e no maquinário, enquanto o vivificante poder de Deus não se manifesta na conversão de almas por quem Cristo morreu. Esse estado de coisas deve ser modificado, para que nossas Escolas Sabatinas cumpram o propósito pelo qual existem. ... Quando diretores e professores se entregarem a Deus sem reservas, não só farão resoluções mas também levarão a efeito suas resoluções. Logo que os obreiros da Escola Sabatina e da escola diária, iniciem seu trabalho com a inteira compreensão de sua dependência de Deus, ser-lhes-á dada a graça de Cristo para cooperar com o esforço humano. É importante que cada obreiro compreenda que, ao esforço humano, unido ao poder divino, se seguem a convicção e conversão de almas. Ministério ganhador de almas CES 157 1 Tanto os professores e diretores de nossas Escolas Sabatinas como os ministros no púlpito devem ser inteiramente consagrados, pois todos se empenham na obra de levar almas a Cristo. Cada um em seu lugar, deve trabalhar, como o fez Cristo, num espírito de amor para com os que erram, bem como para com os impenitentes. Eis o que Cristo deseja ver na obra da Escola Sabatina. ... Os anjos, que no Céu vêem a face do Pai, guardam as crianças e jovens a quem, como agentes vivos de Deus, ensinais o caminho da salvação. Pensai nisto, diretores e professores; estais em presença dos anjos celestiais, realizando uma obra cujo caráter testificará de vossa fidelidade ou infidelidade para com Cristo. ... Auxiliados pelo Espírito Santo CES 158 1 Os diretores e professores de nossas Escolas Sabatinas devem ser convertidos, salvos de sua habitual insensibilidade. As preciosas lições da verdade não devem ser ensinadas de maneira fraca e sem vida; mas pela diária comunhão com o Senhor, pelo recebimento dos brilhantes raios do Sol da Justiça, acrescentar-se-á poder vivificante aos seus esforços para a conquista de almas para Cristo. Devem conservar a mente constantemente fixa em Cristo, para que os pensamentos e impulsos sejam de caráter espiritual e suas maneiras e métodos de ensino estejam sujeitos à direção do Espírito Santo, que, em Sua mais elevada manifestação aos homens, os habilita a desenvolver suas melhores energias, pois Deus neles opera o querer e o efetuar segundo a Sua boa vontade. CES 158 2 "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." O obreiro não é deixado só. É-lhe dado o Espírito de Deus, para o querer e o efetuar a boa vontade de Deus, a fim de que não haja ocasião para a carne e suas concupiscências. Professores, segui a guia do Espírito. Ao ser o coração das crianças e jovens constrangido pelo Espírito Santo, convidai-os com ternura e amor, rogando-lhes que se entreguem a Deus. CES 158 3 As crianças e jovens foram resgatados por Cristo; Ele os comprou por preço infinito. Jesus ama os pequeninos. Olha compassivamente para os jovens, pois sabe que Satanás os procurará atrair para o caminho largo, fazendo-lhes parecer sedutor; Jesus ordena aos anjos que tomem especial cuidado dessas almas inexperientes, não só no lar como na vida escolar e na Escola Sabatina. O Espírito luta continuamente com eles, procurando levá-los a Deus; e o coobreiro de Deus sentirá sua responsabilidade e trabalhará fervorosamente para conquistar almas para Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 41-44. Necessária a fidelidade perseverante CES 159 1 É rara a paciente e perseverante fidelidade, acompanhada de oração, como a que possuíram esses santos de Deus [Calebe, Ana e Dorcas]; todavia, sem ela a igreja não pode prosperar. Ela é necessária na igreja, na Escola Sabatina e na sociedade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109. Cooperação bem-sucedida CES 159 2 Os obreiros de nossas Escolas Sabatinas precisam estar especialmente imbuídos do Espírito de Cristo. Não podem ser coobreiros de Cristo, a menos que Ele, pela fé, lhes habite no coração. ... As crianças precisam de mais decidido esforço com relação à cultura religiosa. Os professores e obreiros dirigentes devem trabalhar, a fim de que haja perfeita harmonia. Deve haver cooperação da parte dos pais, das crianças e professores. Que cada obreiro procure obter tato e sabedoria, a fim de poder desenvolver aquele bem dirigido esforço requerido por Deus. Devemos cultivar tato e discernimento, para vermos prontamente as oportunidades de fazer o bem e aproveitá-las o máximo possível. -- Testimonies on Sabbath School Work, 20. O Espírito Santo é essencial ao êxito CES 160 1 Os oficiais e professores da Escola Sabatina necessitam da guia e instrução do Espírito Santo, para serem verdadeiros educadores, capazes de inspirar pensamentos e trazer à lembrança as coisas que ensinaram aos alunos. É obra do Espírito Santo trazer à mente, clara e distintamente, as palavras e obras de Cristo, para que os que ensinam tenham poder para elevar o Redentor do mundo perante o espírito dos alunos. Em todos os arranjos da Escola Sabatina há necessidade do auxílio do Espírito Santo, a fim de que sejam escolhidos para preencher os cargos de responsabilidade de diretores, oficiais e professores, homens e mulheres tementes a Deus. CES 160 2 Não convém deixar a Escola Sabatina sempre sob a direção de um único homem, pois ele a moldará segundo seu próprio espírito e idéias, mas deve haver obreiros capazes de transmitir novos pensamentos, para que a escola progrida na vida espiritual. A escola pode estar afeiçoada a uma pessoa que tem servido longa e fielmente, mas deve-se considerar o bem da escola, em vez das preferências pessoais de professores e alunos. Quando for evidente que a escola será beneficiada por uma mudança, pela entrada de obreiros que saibam o que seja preocupar-se pelas almas, nada deve impedir essa mudança. Embora, por esse arranjo, sejam depostos do cargo, os que não têm ambição de exaltar o próprio eu hão de lançar mão de todo auxílio pelo qual os alunos da escola possam progredir e ser elevados. Os que são idosos e experientes na obra alcançaram aquilo que é de auxílio à causa de Deus, e os mais novos, que ainda não se adaptaram inteiramente à obra, devem seguir o exemplo dos irmãos mais velhos que se provaram fiéis naquilo que lhes foi entregue às mãos, a fim de que sejam assim educados em sabedoria e tato e obtenham o êxito essencial ao bom trabalho. ... Perguntas importantes CES 161 1 Por que razão há, em nossas igrejas, muitos que não estão firmados, arraigados e fundados na verdade? Por que se acham na igreja os que andam em trevas e não têm nenhuma luz, cujos testemunhos são pouco sinceros, frios e queixosos? Por que existem pessoas cujos pés parecem prestes a desviar-se por veredas proibidas e que sempre têm a contar uma triste história de tentação e derrota? Sentiram os membros da igreja sua responsabilidade? Cuidaram os anciãos e diáconos dos fracos e desviados? Compreenderam eles que os inconstantes estão em perigo de perder a alma? Procurastes, por preceito e exemplo, firmar na Rocha eterna os pés dos extraviados? Compreenderam os professores e oficiais da Escola Sabatina que têm de fazer a obra de guiar por caminhos seguros os passos dos jovens e que, para serem ganhadores de almas para o Mestre, devem considerar como nada todo interesse egoísta? Há, em cada ramo da obra, decidida necessidade de reforma. Poder vivificador CES 162 1 Em nossa obra da Escola Sabatina passam desaproveitadas maravilhosas oportunidades. Que homens e mulheres de variados dons lancem mãos ao trabalho e, no temor de Deus, façam o melhor para salvar nossa juventude. Os que têm um modo formal de fazer as coisas não devem ter a completa direção da escola, moldando-a em maneiras formais e hábitos precisos, e sufocando-lhe a vida em uma multiplicidade de regulamentos. É essencial ter ordem, mas a par de nossas regras e regulamentos, temos necessidade de muito mais conhecimento espiritual. Necessitamos de poder vivificante, zeloso entusiasmo e verdadeira animação, para que nossas escolas se encham de uma atmosfera de verdadeira piedade e pureza; para que haja real progresso religioso; para que o temor do Senhor circule pela escola; para que o diretor e dirigentes não se satisfaçam com um processo morto, formal, mas coloquem em ação todos os meios possíveis a fim de que a escola se torne a mais nobre e eficiente no mundo. Deve ser esse o objetivo e ambição de todo obreiro da escola. Necessitam-se verdadeiros diretores CES 162 2 Os dirigentes de nossas escolas devem ser homens e mulheres de pronta intuição, que tenham o Espírito de Deus para ajudá-los a ler o caráter, possuam capacidade de dirigir, compreendam diferentes feitios de caráter e mostrem tato e sabedoria ao tratar com várias mentes. CES 163 1 Há muitos que, nominalmente, podem preencher o lugar de diretor, mas o que se precisa é de homens que o façam em todo o sentido da palavra. Há muitos que têm suficiente capacidade para desempenhar-se quanto às formalidades, mas falham em comunicar ânimo e esperança, inspirar idéias, despertar energia e comunicar tal vida que a escola se torne em vivo e crescente poder para o bem. CES 163 2 Para os professores há também um grande campo aberto, e devem procurar compreender como trabalhar de maneira a dirigir e desenvolver a mente e o coração das crianças. Devem ter a sabedoria que do alto vem, para terem êxito ao tratar com os jovens e crianças. Muitos professores são curtos de vistas, e têm para com os jovens um procedimento que não tende a bons resultados; e, em vez de progresso, há retrocesso. O que tanto obreiros como alunos necessitam é o dom do Espírito Santo, para que não haja reformas intermitentes, mas firme crescimento na graça, constante aumento de vida e poder espirituais. -- Testimonies on Sabbath School Work, 91-94. Inabilitados para verdadeira liderança CES 163 3 Nossas Escolas Sabatinas, que devem instruir as crianças e jovens, são demasiado superficiais. Seus dirigentes precisam cavar mais fundo. Precisam pensar mais no trabalho que estão fazendo e esforçar-se mais por ele. É-lhes necessário estudar mais plenamente a Bíblia e ter mais profunda experiência religiosa, para saber como dirigir a Escola Sabatina segundo a ordem divina e guiar ao Salvador crianças e jovens. É este um dos ramos da obra que sofre por falta de homens e mulheres eficientes, que reconheçam sua responsabilidade para com Deus no sentido de usar suas faculdades, não para se vangloriarem, exibindo o próprio eu, mas para fazer bem. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111. Maquinal, mas sem o espírito CES 164 1 Devemos subir a um plano de ação mais elevado. Que o Espírito de Jesus vitalize a alma dos obreiros. Então seus planos e métodos de trabalho serão de molde a conquistar almas para Jesus Cristo. Em nossas igrejas grandes, onde existem muitas crianças e jovens, há maior perigo de dirigir a Escola Sabatina de modo a tornar-se mera formalidade, mecânica e desanimada. Há falta de Jesus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14. Escolha de oficiais CES 164 2 As mulheres cristãs podem exercer benéfica influência sobre jovens e crianças. Suas capacidades são talentos que Deus lhes confiou e devem ser inteiramente consagrados ao serviço do Mestre. Muitos são prontos em discernir e eficientes em executar, mas precisam estar intimamente ligados a Deus. Buscarão novos modos de desenvolver o caráter e educar a juventude para usar os talentos que Deus lhes deu. CES 165 1 Ao escolher oficiais, de tempos em tempos, assegurai-vos de que não vos dominam preferências pessoais, mas colocai em cargos de confiança os que amam e temem a Deus e que dEle fazem seu Conselheiro. Sem o amor e o temor de Deus, haverá fracasso, embora o intelecto seja brilhante. Jesus declarou: "Sem Mim nada podeis fazer." Essa questão da escolha de oficiais não deve ser deixada sob o domínio dos alunos da Escola Sabatina. A freqüente mudança de oficiais será uma vantagem para a escola, pois a mente de um único homem não deve moldar todas as outras. Pode ele possuir excelentes qualidades e, não obstante, ser deficiente em algumas coisas. Outra pessoa escolhida pode ser eficiente onde aquela estava em falta. Mentes e qualidades diversas introduzirão novas idéias, novos pensamentos, e isso é essencial. Mas, sobretudo, escolhei os que, na simplicidade de sua alma, estejam andando na verdade, que amem e temam a Deus, e aprendam em Sua escola. Tais pessoas levarão os alunos para a frente e para cima. Sob a direção de professores sábios, os alunos terão crescente interesse na Palavra de Deus e mais profundo conhecimento das Escrituras. Que Cristo seja o tema de cada lição. As lições por Ele dadas a Seus discípulos são da mais elevada importância. -- Testimonies on Sabbath School Work, 83, 84. Conselhos aos diretores CES 165 2 Há um diligente trabalho a ser feito em nossas Escolas Sabatinas, e os que as dirigem devem agir com tato e sabedoria. O lidar com as mentes, deixando a correta impressão e dando ao caráter o cunho devido, é bela e importante obra. É sábio o educador que procura desenvolver a capacidade e o talento do estudante, em vez de esforçar-se constantemente por comunicar instrução. CES 166 1 Em diversas ocasiões, tenho recebido cartas indagando relativamente aos deveres do diretor da Escola Sabatina. Um deles, que se sentia pesaroso por não poder despertar mais profundo interesse por parte de professores e alunos, declarou que despendia muito tempo em conversar com eles, explicando-lhes tudo que julgava essencial que compreendessem e, não obstante, parecia haver grande falta de interesse. Não se comoviam religiosamente. Desejaria dizer a esse sincero irmão, bem como a todos os que tenham idênticas dificuldades em seu trabalho: Examinai para ver se não sois responsáveis, em grande medida, por essa falta de interesse religioso. Observações tediosas CES 166 2 Muitos procuram fazer demais, deixando de animar os professores e estudantes a fazer o que lhes é possível. Precisam de grande simplicidade e fervor religioso. Na Escola Sabatina e na reunião dos professores, fazem discursos longos e secos, fatigando a mente dos professores e alunos. Essas observações estão muito fora de propósito. Não adaptam sua instrução às necessidades reais da escola e falham em atrair a si os corações, pois seu próprio coração não está cheio de simpatia espiritual. Não compreendem que, com seus discursos longos e enfadonhos, estão matando o interesse e o amor pela escola. ... CES 167 1 Quando o coração dos obreiros for unido em simpatia com Cristo, quando Jesus neles habitar pela fé viva, seus discursos não serão tão longos nem manifestarão metade da loquacidade de agora, mas o que dizem em amor e simplicidade alcançará o coração, levando-os em íntima simpatia com professores, alunos e membros da igreja. Poder na simplicidade CES 167 2 O verdadeiro educador conquistará o coração dos ouvintes. Suas palavras serão poucas, mas fervorosas. Vindas do coração, serão cheias de simpatia, aquecidas com o amor pelas preciosas almas. Podem ser limitadas suas vantagens educacionais, pode possuir pouca habilidade natural, mas o amor pela obra e a prontidão em trabalhar com humildade o habilitarão a despertar profundo interesse tanto nos professores como nos alunos, atraindo a si o coração dos jovens. Seu trabalho não será mera formalidade. Pode ter a habilidade de extrair, tanto dos professores como dos alunos, preciosas gemas de verdades espirituais e intelectuais e, assim, educando a outros, educa-se a si mesmo. Os alunos não se intimidam por sua ostentação de profundo saber e, em linguagem simples, contam qual a impressão que a lição lhes exerceu no espírito. O resultado é um profundo e vivo interesse na escola. Pela simplicidade do evangelho de Cristo, alcançou-os onde estavam. Tocou-lhes o coração, podendo agora moldá-los à imagem de seu Mestre. CES 168 1 Um intelecto agudo e penetrante pode ser vantajoso, mas o poder do educador reside em sua íntima união com a Luz e a Vida do mundo. Amará a humanidade e sempre procurará levá-la a um nível mais elevado. Não estará sempre censurando outros, mas terá o coração cheio de piedade. Não será grande a seus próprios olhos nem procurará constantemente favorecer a si mesmo, elevando sua dignidade; mas a humildade de Jesus se personificará em sua vida. Experimentará a verdade das palavras de Jesus: "Sem Mim nada podeis fazer." Há grande necessidade de tais professores. Deus cooperará com eles. "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração", declara Cristo. Muitos que se empenham na obra da Escola Sabatina, precisam ser divinamente iluminados. Falta-lhes visão espiritual para compreender as necessidades das pessoas por quem trabalham. ... Evitar a crítica e a aspereza CES 168 2 Diretores, não ralheis nem vos queixeis em presença de professores ou alunos. Se desejais influenciar a escola para o bem, ponde de parte o açoite e exercei uma inspiradora influência celestial, que vos conquistará a mente de todos. Ao fazer planos e regulamentos para a escola, que eles representem tanto quanto possível, a voz da mesma. Em algumas escolas, há um forte espírito de crítica. Há muita regra e formalismo, enquanto o mais importante, a misericórdia e o amor de Deus, é negligenciado. Haja boa disposição da parte de todos. Se alguém tiver a alma rodeada de trevas, deve trabalhar fora, ao sol, antes de entrar na Escola Sabatina. A mãe, que constantemente fala de suas decepções, queixando-se aos filhos de sua falta de apreciação, não pode exercer sobre eles adequado controle. O mesmo se dará convosco, professores e diretores. Se notais uma falta a esse respeito, não deveis diminuir vossa influência, falando disso; mas exercei influências que corrijam o mal. Planejai, estudai como conseguir uma escola bem organizada, bem disciplinada. -- Testimonies on Sabbath School Work, 16-19. Observação de uma criança CES 169 1 Certa vez, ao dirigir-se a uma Escola Sabatina, um diretor geral foi muito árido, extenso e desinteressante. Uma mãe perguntou a sua filha de dez anos se ela apreciara o culto, e o que dissera o ministro. Respondeu a meninazinha: "Ele falou, falou, falou, e não disse nada." Ora, nós não queremos um relatório como esse acerca de nosso trabalho. Para a obra que possivelmente nós mesmos tenhamos de fazer, é-nos preciso o melhor preparo, a fim de termos êxito ao ensinar aos outros aquilo que aprendemos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111, 112. Pontualidade CES 169 2 É uma triste falha o fato de muitos estarem sempre atrasados em relação ao tempo no sábado de manhã. São muito ciosos de seu tempo particular, e não se permitem perder uma hora sequer; mas o tempo do Senhor, do único dia dos sete que Ele reclama como Seu, e pede que a Ele o devotemos, uma boa parte é dissipada em virtude de levantarem-se tarde da cama pela manhã. Estão desta forma roubando a Deus. Isto os leva a se atrasarem em tudo; produz confusão na família, resultando afinal em chegarem todos tarde à Escola Sabatina e talvez, ao culto. Mas por que não nos havemos de levantar com os pássaros e oferecer louvores e agradecimentos a Deus? Experimentai-o, irmãos e irmãs. Tende tudo preparado na véspera, e vinde prontamente para a Escola Sabatina e culto, e assim não apenas beneficiareis aos outros mas recolhereis ricas bênçãos para vós mesmos. -- The Youth's Instructor, 19 de Março de 1879. CES 170 1 A pontualidade e decisão na causa e obra de Deus são altamente essenciais. -- Testimonies for the Church 3:500. Começar na hora certa CES 170 2 As reuniões de conferências e oração não devem tornar-se tediosas. Todos devem estar prontos, se possível, na hora indicada; e se há retardatários, que estejam atrasados meia hora, ou mesmo quinze minutos, não se deve esperar por eles. Se houver apenas dois presentes, podem reclamar a promessa. A reunião deve ser iniciada na hora marcada, se possível, estejam presentes muitos ou poucos. -- The Review and Herald, 30 de Maio de 1871. Como tratar alunos extraviados CES 171 1 Na Escola Sabatina seremos chamados a tratar com os que cometem faltas e caem em pecado e erro. Em Sua palavra, Cristo nos deu lições muito claras com referência ao tratamento dos que erram, mas muitos têm falhado na prática dessas lições. Não as estudaram, entesourando-as no coração, para que o Espírito Santo pudesse iluminar o entenebrecido entendimento, enternecendo e quebrantando o coração de pedra tanto do professor como do aluno. O Espírito Santo tornará o coração sensível e compassivo, libertando-o do orgulho e egoísmo. CES 171 2 Pela sua má conduta, os alunos na Escola Sabatina são propensos a fazer aquilo que aborrecerá o professor, mas este não deve dizer palavras severas e manifestar um espírito desgovernado; pois, assim procedendo, não estará usando a espada do Espírito, mas as armas de Satanás. Embora seja probante a má conduta do aluno, embora o mal deva ser corrigido, observadas as regras e a justiça respeitada, o professor deve observar o caminho do Senhor, unindo a misericórdia à justiça. Contemple ele a cruz do Calvário, considerando como a misericórdia e a verdade se encontraram, como a justiça e a paz se beijaram. Lá, por meio do sacrifício divino, pode o homem reconciliar-se com Deus. Ao contemplar o amor de Cristo, abrandar-se-vos-á o coração para tratar a juventude como a membros mais novos da família do Senhor. Lembrar-vos-eis de que são propriedade de Cristo e vosso desejo será tratá-los como Ele vos tratou. CES 172 1 O tratamento áspero nunca ajudará o jovem a ver seus erros ou a reformar-se. Que as regras e regulamentos da escola sejam executados no Espírito de Jesus e, quando a repreensão se fizer necessária, que essa desagradável tarefa seja feita com tristeza unida ao amor. Não deveis sentir ser vosso dever repreender abertamente ao aluno, humilhando-o assim diante de toda a classe. Não será esse um exemplo adequado para as crianças, pois será como semente que há de produzir colheita semelhante. Nunca anuncieis os erros de qualquer aluno fora do círculo em que precisam ser conhecidos, pois, se assim for feito, deixar-se-á na mente a impressão de que a pessoa em falta foi tratada injustamente, criando-se simpatia para com ela. Ao expor a pessoa em falta, poderá ela ser lançada ao campo de batalha de Satanás, e desse momento em diante ir decididamente para baixo. Cristo nos suporta longamente e devemos ser semelhantes a Ele. Não nos rejeita por causa de nossos erros, mas repreende com ternura, atraindo-nos a Si pelo amor. Necessitam-se sabedoria e paciência CES 172 2 Se o professor verificar ser impossível sujeitar um aluno à disciplina, deve removê-lo para outra classe; pois talvez outro professor seja capaz de suprir a deficiência. O que falta a um professor, outro pode possuir; mas, se puderdes obter a confiança do jovem, unindo-o ao vosso coração pelos laços de simpatia e amor talvez conquisteis uma alma para Cristo. O rapaz caprichoso, voluntarioso, independente, pode vir a transformar-se no caráter. CES 173 1 Conquanto seja necessário ter amor e simpatia para com os alunos, é manifesta fraqueza mostrar parcialidade, levantando assim suspeita e ciúme. As crianças discernem prontamente as preferências do professor e muitas vezes o aluno favorecido mede sua força, aptidão e habilidade com as do professor no manejo da classe, podendo decidir-se a ser mestre. A menos que tenha a graça de Cristo, o professor manifestará fraqueza, tornando-se impaciente, exigente e severo. O líder da classe geralmente transmitirá seu propósito a outros alunos e haverá um esforço combinado para obter o domínio. Se, pela graça de Cristo, o professor exercer domínio próprio, segurando as rédeas com mão firme e paciente, subjugará o elemento impetuoso e preservará o respeito próprio e o acatamento dos alunos. Uma vez restabelecida a ordem, devem-se manifestar bondade, mansidão e afeto. Pode ser que a rebelião se repita muitas vezes, mas não mostreis temperamento impulsivo. Não faleis severamente à pessoa em falta, desanimando uma alma em luta com o poder das trevas. Calai-vos e elevai o coração a Deus, suplicando auxílio. Anjos vos estarão ao lado, ajudando-vos a levantar o estandarte contra o inimigo e, em vez de excluir o extraviado, sereis habilitados a ganhar uma alma para Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 77-80. Como alcançar o respeito CES 174 1 Reconheçam os professores que, qualquer que seja a dificuldade, devem eles defrontá-la no espírito de Jesus. Não enfrenteis contenda com contenda. Tereis de tratar com voluntariosidade, teimosia, indolência e frivolidade, mas, em todas as emergências, manifestai bondade e amor e, por meio de paciência e domínio próprio, conservai a afeição dos alunos, dando-lhes motivo para crer que todo vosso desejo é fazer-lhes bem. Demonstrai a vossos alunos que confiais neles. Visitai-os em seus lares, convidando-os para ir a vossa casa. Que eles vejam que os amais não só em palavra, mas em obra e verdade. CES 174 2 O professor não precisa ter pretensões especiais à dignidade, desde que obtenha o respeito dos alunos por meio de um comportamento semelhante ao de Cristo, manifestando bondade e cortesia cristãs. Deve educar os alunos como Cristo educou Seus discípulos, fazendo impressões que o tempo não possa apagar. Sua influência deve moldar os alunos segundo o divino Modelo e, se assim proceder, só a eternidade revelará o valor de seu trabalho. O professor deve despertar nos alunos a natureza moral, inspirando-lhes o desejo de corresponder aos instrumentos divinos. Quebrar a vontade CES 174 3 Nunca se deveriam empregar como professores os que são egoístas, impertinentes, ditatoriais, rudes e grosseiros, e que não consideram cuidadosamente os sentimentos de outros. Exercerão sobre os alunos desastrosa influência, moldando-os segundo seu próprio caráter e assim perpetuando o mal. Pessoas desse caráter esforçar-se-ão por quebrar a vontade de um rapaz turbulento, mas Cristo não autorizou tal maneira de tratar com os que erram. Por meio de sabedoria celestial, mansidão e humildade de coração, os professores se habilitarão a dirigir a vontade e a conduzi-la pelo caminho da obediência; porém, ninguém imagine que, por meio de ameaças, se obtenha a afeição do aluno. Precisamos trabalhar como Cristo trabalhou. CES 175 1 Muitos avaliam pouco a malignidade de um erro em si mesmos, enquanto reconhecem inteiramente a influência do mesmo em outros. Por toda parte encontramos os que ignoram completamente que possuem características que precisam ser modificadas. Outros vêem seus repreensíveis traços de caráter, mas, ao serem repreendidos, imaginam-se mal julgados. À luz da eternidade, deve o professor examinar atentamente o próprio coração, a fim de representar perante os alunos aquilo que ele deseja que sejam. Devem aprender diariamente na escola de Cristo, permanecendo nEle como o ramo na videira, para que possa comunicar aos outros o que dEle recebeu. Disciplina própria CES 175 2 O professor que deseja sujeitar os alunos à disciplina, deve primeiramente colocar-se sob a influência de Cristo, que declarou: "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." Sendo divinamente iluminados, trabalhareis como Cristo trabalhou, pois, por vosso intermédio, Sua luz poderá brilhar sobre o caminho de todo transgressor impenitente com quem vos associais. Sois realmente um mestre nos caminhos de Deus? Se fordes professor convertido, sereis capaz de conquistar, não afastar, atrair, não repelir as almas por quem Cristo morreu. Tendo cuidado das ovelhas e cordeiros do rebanho de Cristo, haveis de guardá-los. Se se desviarem, não haveis de deixá-los perecer, mas saireis a procurar e salvar o que se tiver perdido. Todo o Céu se prontificará a ajudar-vos nessa boa obra. Os anjos vos auxiliarão em vossos esforços por encontrar a chave que abrirá o coração do mais incorrigível e turbulento. Recebereis graça e força especiais por meio de Cristo, que de Sua incomensurável plenitude vos pode suprir abundantemente. Sereis então qualificados para cooperar com Deus e ser um com Cristo em vosso esforço para salvar os perdidos, e o resultado de vosso trabalho de amor será visto não só agora, mas através de toda a eternidade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 80-82. Relembrando nossa própria infância CES 176 1 Alguns pais -- como também alguns professores -- parece esquecerem que já foram uma vez crianças. São sérios, frios e inamistosos. Onde quer que sejam levados em contato com os jovens -- no lar, na Escola Primária, na Escola Sabatina ou na igreja -- mantêm o mesmo ar autoritário, e sua fisionomia apresenta sempre uma expressão de solene reprovação. A alegria, as travessuras, a incessante atividade da vida jovem, não encontram desculpa aos seus olhos. Insignificantes peraltices são tratadas como graves pecados. Tal disciplina não é cristã. Crianças assim educadas temem os pais ou professores mas não os amam; não confiam a eles suas experiências infantis. Algumas das mais preciosas qualidades da mente e coração arrefecem até à morte, como a tenra planta ante o vento hibernal. CES 177 1 Sorride, pais; sorride, professores. Se tendes o coração pesaroso, não permitais que vossa face o revele. Permiti que o sol que brilha num coração pleno de gratidão e amor vos ilumine o rosto. Aliviai-vos da férrea dignidade; adaptai-vos às necessidades das crianças e fazei que elas vos amem. Necessitais conquistar-lhes a afeição, se desejais imprimir em seus corações a verdade da religião. -- Fundamentos da Educação Cristã, 68. O poder do silêncio CES 177 2 Os que desejam governar a outrem devem primeiramente governar-se a si mesmos. O tratar apaixonadamente com uma criança ou jovem, somente despertará o seu ressentimento. Quando um pai ou professor se torna impaciente e está em perigo de falar imprudentemente, fique em silêncio. Há um maravilhoso poder no silêncio. CES 177 3 O professor deve esperar encontrar disposições perversas e corações rebeldes. Mas ao tratar com eles nunca deve esquecer-se de que ele mesmo foi criança, necessitando de disciplina. Mesmo agora com todas as vantagens de idade, educação e experiência, muitas vezes erra, e necessita de misericórdia e perdão. Tratando com os jovens, deve ter em vista que está a tratar com os que têm inclinações para o mal, idênticas às suas próprias. Eles têm quase tudo a aprender, e para alguns isso é muito mais difícil do que para outros. Com o aluno obtuso deve conduzir-se pacientemente, não censurando sua ignorância, mas aproveitando toda oportunidade de o animar. Com alunos sensíveis e nervosos, deve tratar muito brandamente. A intuição de suas próprias imperfeições deve constantemente levá-lo a manifestar simpatia e paciência para com os que também estão a lutar com dificuldades. CES 178 1 A regra do Salvador -- "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também" (Lucas 6:31) -- deve ser a regra de todos os que empreendem a educação das crianças e jovens. Estes são os membros mais novos da família do Senhor; herdeiros conosco da graça da vida. A regra de Cristo deve ser religiosamente observada em relação aos menos inteligentes, aos de menor idade, aos mais desatinados, e mesmo aos transviados e rebeldes. ... Os braços estendidos de Cristo CES 178 2 O divino Mestre suporta os que erram, em toda a perversidade deles. Seu amor não se arrefece; não cessam Seus esforços para ganhá-los. Com os braços estendidos Ele espera para, repetidas vezes, dar as boas-vindas aos errantes, rebeldes, e mesmo aos apóstatas. Seu coração Se sensibiliza com o desamparo da criancinha sujeita a um tratamento severo. O clamor do sofrimento humano jamais atinge Seu ouvido em vão. Se bem que todos sejam preciosos a Sua vista, as disposições incultas, intratáveis, obstinadas, atraem mais intensamente Sua simpatia e amor; pois Ele avalia os efeitos pelas causas. Aquele que mais facilmente é tentado e mais propenso é a errar, constitui o objeto especial de Sua solicitude. CES 179 1 Todo pai e professor deve acariciar os atributos dAquele que faz da causa dos aflitos, sofredores e tentados, a Sua própria causa. Deve ser pessoa que possa "compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza". Hebreus 5:2. Jesus nos trata muito melhor do que merecemos; e assim como Ele nos tem tratado devemos tratar aos outros. Não se justifica o procedimento de nenhum pai ou professor, que seja diverso daquele que o Salvador seguiria, sob idênticas circunstâncias. -- Testimonies on Sabbath School Work, 119-121. Essencial a disciplina e a ordem CES 179 2 Em nossas Escolas Sabatinas deve haver disciplina e ordem. As crianças que as frequentam, devem apreciar os privilégios que gozam, e deve-se-lhes exigir que observem os regulamentos da escola. -- Testimonies on Sabbath School Work, 7, 8. CES 179 3 Se, pela fé, Cristo lhe habitar no coração [do professor], o pecado tornar-se-lhe-á revoltante. Conquanto tenha amor, bondade e ternura para com os alunos ao seu cuidado, reconhecerá que, como servo fiel, deve disciplinar e preservar a ordem na classe. Se acariciar a verdade, o amor do Salvador revelar-se-á em suas palavras e comportamento. Para ele a Palavra de Deus não é letra morta; ele prestará serviço não só com os lábios, mas com o coração. -- Testimonies on Sabbath School Work, 25, 26. Manter o domínio próprio CES 180 1 Os alunos de vossa classe podem ser obstinados e inclinados ao mal, provando severamente a vossa paciência e, não obstante, seu coração é o terreno em que podeis semear a semente celestial que produzirá bons frutos. Se não estiver possuído do Espírito de Deus, o professor perderá o ânimo, o domínio próprio e, por meio de uma palavra impaciente ou de severa repreensão, anulará toda a sua influência e sua obra será um fracasso. -- Testimonies on Sabbath School Work, 44. Repreender, acusar, irar-se não adianta CES 180 2 Repreender, acusar e irar-se, quando os alunos manifestam espírito de desassossego e travessura, nenhum bem produzirá. Lembrai-vos de que deveis ser pacientes coobreiros de Deus e que todo o Céu se interessa no trabalho que estais fazendo. Qualquer parte na obra de Deus significa labuta e angústia de alma. "Portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos." Perguntai a vosso Mestre, que Se submeteu à humilhação e suportou a morte de cruz: Que queres que eu faça? Empregai na obra todos os talentos que vos foram confiados e negociai com eles. A graça de Cristo vos habilitará a fazer precioso trabalho para o Mestre. Tendes ao vosso dispor a riqueza dos divinos recursos e, por meio de oração e fé, podeis apoderar-vos das promessas de Deus, adaptando-as a vossas necessidades. O amor, poder que subjuga CES 181 1 Consagrai-vos inteiramente ao serviço dAquele que vos amou e Se entregou a Si mesmo por vós. Disse Jesus: "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos." Isto se aplica tanto à Escola Sabatina como ao ministério. É agora a áurea oportunidade de semear a preciosa semente que há de germinar e produzir frutos para a vida eterna. Podeis ser agora um cheiro de vida para vida, pois quando transmitis a outros a verdade que obtivestes por meio de profunda experiência, ela possui poder vivificador, que impressionará os corações, atraindo-os a Jesus. Quando Cristo está atraindo e Seus coobreiros trabalham em harmonia com Ele, deve ser realmente duro o coração que não se sinta impressionado e subjugado pelo poder do divino amor. -- Testimonies on Sabbath School Work, 69, 70. Competições e prêmios CES 181 2 No sábado de manhã [acampamento de Marshalltown, Iowa, 16 de Agosto de 1884], reuniu-se um grande grupo para a Escola Sabatina. Arranjaram-se logo classes, incluindo todos menos uns poucos que preferiram assentar-se fora da tenda. Mas esses não ficaram a seus próprios cuidados; foram designados professores, e formaram-se duas ou três classes interessantes. Todos se achavam ocupados como abelhas, e por toda parte, tanto na tenda como fora, ouvia-se zunzum de vozes. A escola foi bem dirigida e em boa ordem, e para mim os trabalhos foram muito interessantes.* CES 182 1 Falei-lhes, a pedido, cerca de trinta minutos, admoestando-os a não deixar a Escola Sabatina degenerar em mera rotina mecânica. Não devemos procurar imitar as escolas dominicais, nem conservar o interesse por meio de oferecimento de prêmios. O oferecimento de recompensas, produzirá rivalidade, inveja e ciúme; e alguns dos que forem os mais diligentes e dignos receberão pouco apreço. Os alunos não devem procurar ver quantos versículos são capazes de aprender e dizer de cor; pois isso produz demasiado esforço na criança ambiciosa, ao passo que as demais se tornam desanimadas. CES 182 2 Não experimenteis em vossa Escola Sabatina nenhum desses métodos, mas façam os diretores e professores todo esforço para que a escola tenha vida e interesse. Que bênção não seria se todos ensinassem como Jesus o fazia! Não era Seu desígnio atrair a atenção pela eloqüência e grandeza de sentimento. Ao contrário, Sua linguagem era singela, e Seus pensamentos expressos com grande simplicidade; mas falava com amorável fervor. Em vosso ensino, aproximai-vos dEle tanto quanto possível. Tornai interessantes vossos exercícios. Demonstrem os professores que aprenderam bem a lição e por ela se interessam intensamente. Não haja frívolas ou superficiais interpretações das Escrituras, mas estejam todos preparados para ir ao âmago do assunto apresentado. -- Testimonies on Sabbath School Work, 110, 111. A Escola Sabatina e o culto de pregação CES 183 1 A Escola Sabatina de ... tornara-se para o irmão E. o grande e único tema de interesse. Absorvia ela a mente dos jovens, enquanto outros deveres religiosos eram negligenciados. Freqüentemente, depois de terminada a Escola Sabatina, o diretor, alguns professores e alunos voltavam para casa, a fim de descansar. Sentiam estar, nesse dia, terminada sua responsabilidade e não terem mais dever algum. Quando o sino anunciava a hora do serviço público, o povo, que partia de seus lares para a casa de culto, encontrava grande parte da escola que voltava para casa. E, embora importante, a reunião não conseguia despertar-lhes o interesse na instrução dada pelo ministro sobre valiosos assuntos bíblicos. Ao passo que muitas das crianças não assistiam ao serviço público, as que ficavam não recebiam auxílio da palavra falada, porque a julgavam enfadonha. -- Testimonies on Sabbath School Work, 7. Escolas Sabatinas de grupos pequenos CES 183 2 Podem-se levantar, em muitos lugares, grupos de observadores do sábado. Muitas vezes não são grandes, mas não devem ser negligenciados nem deixados a morrer por falta de preparo e adequado esforço pessoal. O trabalho não deve ser deixado prematuramente. Antes de partir de um para outro campo, vede que todos estejam inteirados da verdade, estabelecidos na fé e interessados em cada ramo da obra. ... CES 184 1 Tem-se provado no campo missionário que, qualquer que seja o talento do pregador, se a parte prática for negligenciada, se o povo não for ensinado a trabalhar, a dirigir reuniões, a fazer sua parte no trabalho missionário e a alcançar com êxito o povo, a obra será qual um fracasso. Na Escola Sabatina, há também muito a ser feito no sentido de levar o povo a compreender seu dever e a desempenhar sua parte. Deus chama-os para Seu trabalho, e os ministros devem guiar-lhes os esforços. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109. A Escola Sabatina nas reuniões gerais CES 184 2 Caros irmãos e irmãs, que assistis a nossas reuniões anuais, desejo dirigir-vos algumas palavras em benefício de nossas Escolas Sabatinas. É este um dos ramos da obra, e não deve ser deixado ao acaso ou dirigido a esmo. Se essas Escolas Sabatinas fossem dirigidas como deviam, seriam aprofundados os esforços feitos no púlpito para apresentar a verdade de maneira a ganhar almas; e se o trabalho realizado for secundado por obreiros interessados na Escola Sabatina, grande bem será feito. Mas não é suficiente fazer a Escola Sabatina mover-se como bem regulado maquinismo. Deve haver obreiros práticos; os professores devem ter viva união com Deus, desejo de estudar, dando tempo e fervor moral a seu trabalho e não se sentindo satisfeitos antes de terem realizado alguma coisa. ... CES 185 1 É importante que, nas Escolas Sabatinas de nossas reuniões gerais, os exercícios sejam dirigidos com ordem, prontidão e eficiência. Assim, ao voltar o povo para seu lar, será dado o devido cunho às Escolas Sabatinas de diferentes igrejas. Não permitais que negócios ou outros interesses ocupem a atenção da Escola Sabatina, de modo a ser ela considerada uma questão de nenhuma importância especial. -- Testimonies on Sabbath School Work, 12-14. Sugerem-se cursos locais CES 185 2 As instruções relativas à direção da Escola Sabatina devem, em grande parte, ser dadas nas igrejas locais, pois assim o trabalho será mais direto e os resultados mais permanentes. Esta obra não requer os esforços dos ministros, que devem estar livres para atender aos interesses espirituais do povo. Devem eles ensinar aos outros como agir. Precisam instruir o povo quanto à maneira de ir ao Senhor e como levar outros a Ele. -- Testimonies on Sabbath School Work, 113, 114. Convenções da Escola Sabatina CES 185 3 Pergunta* -- Acha a Irmã White que os pormenores do trabalho de preparar os obreiros da Escola Sabatina pertencem à mesma categoria? [Isto é, à mesma categoria que adestrar colportores e obreiros bíblicos, e realizar aulas culinárias em nossas reuniões campais.] CES 186 1 Resposta -- Exatamente: não é esse o lugar para isso. Isso deve ser feito, mas tem seu tempo e lugar. CES 186 2 Pergunta -- Julga que se deva realizar, para esse fim, uma convenção da Escola Sabatina? CES 186 3 Resposta -- Isso está certo; reúnam-se os encarregados da responsabilidade dessa obra e não detenham o povo lá [nas reuniões anuais] para ouvir essas particularidades. Eles não têm trabalho especial para fazer nesse ramo. O tempo é demasiado precioso para ser gasto dessa maneira. -- Testimonies on Sabbath School Work, 114. ------------------------Conselhos sobre a Escola Sabatina (1938) CES38 2 1 Capítulo 1 -- Importância e propósito da obra da Escola Sabatina CES38 5 2 Capítulo 2 -- Uma escola para o estudo da Bíblia CES38 29 2 Capítulo 3 -- Instrumento ganhador de almas CES38 44 3 Capítulo 4 -- O professor e sua obra CES38 67 1 Capítulo 5 -- Ofertas missionárias semanais CES38 78 1 Capítulo 6 -- Princípios que regem a administração ------------------------Capítulo 1 -- Importância e propósito da obra da Escola Sabatina Uma obra importante CES38 2 1 A obra da Escola Sabatina é importante, e todos os que se interessam na verdade devem esforçar-se por torná-la próspera. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109. Maravilhoso poder para o bem CES38 2 2 Nossas Escolas Sabatinas não são nada menos que sociedades bíblicas, e no santo trabalho de ensinar as verdades da Palavra de Deus, podem realizar muito mais do que até o presente. A Escola Sabatina, quando bem dirigida, possui maravilhoso poder e se destina a realizar uma grande obra, mas presentemente não é o que deveria ser(1). A influência que provém da Escola Sabatina deve melhorar e engrandecer a igreja; mas em caso algum jamais se deve permitir que ela se desvie dos interesses da igreja. Há, na Escola Sabatina, um precioso campo missionário, e se agora há sinais que fazem prever o bem, são eles apenas indicações e começo do que pode ser feito. -- Testimonies on Sabbath School Work, 29. Instrumento de Deus CES38 2 3 Tenho profundo interesse pelas nossas Escolas Sabatinas através do mundo, pois creio que são o instrumento de Deus para a educação de nossos jovens nas verdades da Bíblia. Tanto os pais como os professores devem fazer constantes esforços para interessar a juventude nas coisas de importância eterna. A Escola Sabatina é um campo missionário e, nessa importante obra, devemos manifestar muito mais espírito missionário do que se tem manifestado até aqui. -- Testimonies on Sabbath School Work, 35. Um dos meios mais eficazes CES38 2 4 A Escola Sabatina deve ser um dos maiores instrumentos, e o mais eficaz, em levar almas a Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 20. Uma influência além do que se pode prever CES38 2 5 Por meio de Escolas Sabatinas bem organizadas e convenientemente dirigidas, muito pode ser feito em favor da educação e preparo moral e religioso de nossa juventude. A esse ramo da obra devem-se dedicar tempo e atenção, pois não pode ser avaliada a importância de sua influência sobre a juventude. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14, 15. Poder convertedor CES38 3 1 A Escola Sabatina é um importante ramo do trabalho missionário, não só porque proporciona a jovens e adultos o conhecimento da Palavra de Deus, mas por despertar neles o amor por suas sagradas verdades e o CES38 3 2 desejo de estudá-las por si mesmos; ensina-os, sobretudo, a regular sua vida por seus santos ensinos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109, 110. Uma força para a igreja CES38 3 3 Há, na Escola Sabatina, um vasto campo que precisa ser diligentemente cultivado, a saber, inspirar nossa juventude a entregar-se inteiramente ao Senhor, para ser por Ele usada em Sua causa. Deve haver, em nossas Escolas Sabatinas, zelosos e fiéis obreiros que, discernindo sobre quem o Espírito Santo está operando, vigiem e cooperem com os anjos de Deus na conquista de pessoas para Cristo. Há sagradas responsabilidades confiadas aos obreiros da Escola Sabatina, e esta deve ser o lugar em que, por meio de viva comunhão com Deus, homens e mulheres, jovens e crianças sejam preparados para ser uma força e bênção à igreja. Tanto quanto sua capacidade o permitir, devem ir de força em força, ajudando a igreja a avançar para cima e para a frente. -- Testimonies on Sabbath School Work, 92. Campo vasto, importante CES38 3 4 Os diretores e obreiros de nossas Escolas Sabatinas têm vasto e importantíssimo campo a ser cultivado. Precisam ser batizados com o Santo Espírito de Deus, para que sua mente seja impressionada a usar os melhores métodos e seguir os melhores planos, a fim de terem perfeito êxito em seu trabalho. O Senhor cooperará com seus esforços, pois a juventude foi resgatada CES38 3 5 com o sangue do unigênito Filho de Deus. O Senhor amou esses jovens, permitindo que Jesus morresse "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. CES38 3 6 Há uma grande obra de educação a ser efetuada. Os professores de crianças e jovens devem freqüentemente orar com eles e por eles, a fim de que vejam "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Devem instruí-los acerca de sua responsabilidade para com Deus, ajudando-os a compreender o que Jesus espera deles. Exercei toda a vossa influência para interessá-los na Escrituras. Trabalhai por essas pessoas, a fim de que se tornem também zelosos obreiros e usem seus talentos para transmitir a outros o que receberam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 83. Digno de longo serviço CES38 4 1 A Escola Sabatina deve ser um lugar em que se busquem as jóias da verdade, libertando-as dos erros que a cercam e colocando-as no seu verdadeiro lugar na estrutura do evangelho. As preciosas gemas da verdade, há muito perdidas de vista, devem agora ser restituídas aos filhos de Deus. Os temas da justificação pela fé e da justiça de Cristo devem ser apresentados em nossas escolas, a fim de que os jovens e as crianças compreendam esses assuntos e os professores e alunos aprendam o caminho da salvação. Santos e eternos princípios ligados ao plano da salvação, antes olvidados, devem retomar seu lugar de importância CES38 4 2 aparecendo em sua luz celeste e dissipando a escuridão moral que envolve o mundo. CES38 4 3 Que a juventude ouça as palavras do sábio: "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento." Provérbios 3:5. Com oração, andem os jovens mansa e cuidadosamente diante do Senhor, confiando continuamente nEle e ao mesmo tempo desenvolvendo todas as faculdades, aproveitando todas as oportunidades e confiando no que o Senhor pode fazer com suas consagradas habilidades. Indaguem eles a cada passo: "É este o caminho do Senhor?" A humildade é a característica dos que possuem a verdadeira sabedoria e, não importa quais sejam seus conhecimentos, não estarão cheios de presunção e confiança própria. CES38 4 4 O Senhor chama rapazes e moças a se prepararem para fazer, durante a vida toda, fervoroso trabalho na Escola Sabatina. Esforços intermitentes não serão de proveito para realizar muito benefício ou para vos tornar obreiros de êxito na causa de Deus. Por paciente perseverança na prática do bem, tornar-vos-eis cooperadores de Deus. Deveis dia a dia considerar-vos servos de Deus. Sede diligentes em vosso trabalho diário e cuidai em não fazer caminhos tortuosos para vossos pés, para que vossas faltas não desviem do caminho da retidão aos que manquejam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 50, 51. Recompensa abundante CES38 4 5 Ninguém que trabalhe na Escola Sabatina ou na sociedade de temperança deixará de ceifar abundante colheita, não só CES38 5 1 no fim do mundo, mas também na vida presente. No esforço de iluminar e abençoar a outros, seus próprios pontos de vista se tornarão mais claros e vastos. Quanto mais nos esforçamos por explicar a outros a verdade, com amor pelas pessoas, tanto mais clara se tornará ela para nós mesmos. Ao entendimento do expositor, ela sempre se abre em nova beleza e força. -- Testimonies on Sabbath School Work, 108. ------------------------Capítulo 2 -- Uma escola para o estudo da Bíblia "Examinai as escrituras" CES38 5 2 Nenhum homem, mulher, ou jovem, pode alcançar a perfeição cristã negligenciando o estudo da Palavra de Deus. Mediante profundo e cuidadoso exame de Sua Palavra obedeceremos à exigência de Cristo: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. Esse exame habilita o estudante a observar intimamente o divino Modelo, pois as Escrituras testificam de Cristo. O padrão deve ser examinado muitas vezes e cuidadosamente, a fim de ser imitado. Ao tornar-se alguém relacionado com a história do Redentor, descobre em si mesmo defeitos de caráter; sua dessemelhança com Cristo é tão grande que ele sente não poder ser um seguidor sem que se opere grande mudança em sua vida. Estuda ainda assim, com o desejo de ser semelhante ao seu grande modelo; absorve a expressão fisionômica, o espírito, de seu amado Mestre; por contemplá-Lo, torna-se mudado. "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé." Hebreus 12:2. ... CES38 5 3 A Palavra de Deus, falada ao coração, tem um vivificante poder, e os que formulam qualquer desculpa para não se familiarizar com ela, negligenciarão as reivindicações de Deus em muitos aspectos. O caráter ficará deformado, as palavras e atos serão um descrédito à verdade. Diz-nos o apóstolo: CES38 6 1 "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." 2 Timóteo 3:16. Um dos profetas de Deus exclama: "Enquanto eu meditava se acendeu um fogo." Salmos 39:3. Se os cristãos examinassem fervorosamente as Escrituras, mais corações arderiam com as verdades vívidas aí reveladas. Suas esperanças brilhariam com as preciosas promessas disseminadas como pérolas através de todos os Sagrados Escritos. Na contemplação da história dos patriarcas, dos profetas, dos homens que amaram e temeram a Deus e com Ele andaram, o coração manifestará o mesmo sentimento que animou esses dignos personagens. Ao demorar-se a mente sobre a virtude e piedade dos santos homens do passado, o espírito que os inspirou acenderá uma chama de amor e fervor no coração de todos os que desejam ser semelhantes a eles no caráter. Não negligenciar a lição da Escola Sabatina CES38 6 2 O estudante da Escola Sabatina deve sentir tão integral fervor para tornar-se inteligente no conhecimento das Escrituras como em destacar-se no estudo das ciências. Se um deve ser negligenciado, sejam as lições dos seis dias. A exortação de nosso Salvador deve ser religiosamente considerada por todo homem, mulher e criança que professa Seu nome. CES38 6 3 Os professores da Escola Sabatina têm no ensino da lição da Escola Sabatina um campo missionário que lhes foi dado, não para como papagaios repetirem o que não se deram CES38 6 4 ao trabalho de entender. "São elas que de Mim testificam" (João 5:39) -- do Redentor, Aquele em quem estão centralizadas nossas esperanças de vida eterna. Se os professores não estão imbuídos do espírito da verdade, e não cuidam de conhecer o que está revelado na Palavra de Deus, como podem apresentar a verdade numa luz atrativa aos que estão sob seu cuidado? CES38 6 5 A oração de Cristo por Seus discípulos foi: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." João 17:17. Se devemos ser santificados pelo conhecimento da verdade que se encontra na Palavra de Deus, precisamos ter um conhecimento inteligente de Sua vontade nela revelada. Precisamos examinar as Escrituras, não meramente devorando um capítulo e repetindo-o, sem termos o cuidado de entendê-lo, mas procurando a jóia da verdade que enriquece a mente e fortifica a alma contra os enganos e tentações do grande enganador. Desculpas para a negligência CES38 7 1 Os pais apresentam frívolas desculpas por não se interessarem com seus filhos nas lições, e estes deixam de tornar-se versados nas Escrituras. Pais e mães evitam disciplinar sua mente. Não buscam primeiro o reino de Deus e Sua justiça, mas exaltam o que é temporal sobre o que é espiritual e eterno. Essa desconsideração por Deus e abandono de Sua Palavra é o exemplo que dão aos filhos e que lhes molda a mente segundo o padrão do mundo e não conforme a elevada norma instituída por Cristo. CES38 7 2 Alguns pais preferem passar as horas em seu próprio entretenimento, em conversas sobre coisas mundanas, e afastam a Deus de seus pensamentos e coração. Quão mais proveitoso é ser fiel discípulo de Cristo, empenhado no exame das Escrituras, para que possa tornar-se inteiramente provido para toda a boa obra e capaz de dar uma explicação inteligente da palavra que Deus ofertou para nos dirigir os passos para as eternas praias! CES38 7 3 Ouvem-se mães lamentarem não ter tempo de ensinar seus filhos nem de instruí-los na Palavra de Deus. Mas essas mesmas mães encontram tempo para se adornarem externamente e ornamentarem-se com pregas, franzidos e rendas desnecessários. Vêem-se desnecessários enfeites em suas roupas e de seus filhos. O adorno interno da mente e a cultura da alma são negligenciados, como se fossem inferiores ao adorno dos vestidos. A mente de mães e filhos perece de inanição por seguirem os costumes e as modas. Toda a família unida no estudo da Bíblia CES38 7 4 Pais e mães, nós vos rogamos que tomeis sobre vós deveres há muito negligenciados. Examinai as Escrituras por vós mesmos; auxiliai vossos filhos no estudo da Palavra sagrada. Fazei obra diligente por causa da negligência passada. Não afasteis os vossos filhos para que estudem por si mesmos a Bíblia, mas lede-a com eles, ensinai-lhes o que sabeis de maneira simples, e mantende-vos a vós mesmos na escola de Cristo como diligentes estudantes. Tomai a determinação de que esta obra não será negligenciada. Mães, vesti-vos a vós e a vossos filhos com roupa CES38 7 5 modesta, limpa e esmerada, mas sem adornos desnecessários. Quando aprenderdes a assim proceder, a vestir com conscienciosa simplicidade, não tereis desculpa por serdes principiantes nas Escrituras. Segui a admoestação de Cristo: "Examinai as Escrituras" (João 5:39); assim crescereis em força espiritual e sereis capazes de instruir vossos filhos, para que não tenham de vir à Escola Sabatina nada sabendo. CES38 8 1 Muitos jovens dizem: Não tenho tempo de estudar minha lição. Que estão eles porém fazendo? Alguns estão aproveitando cada momento para ganhar alguns centavos mais, quando este tempo, dedicado ao trabalho, consagrado ao estudo da Bíblia e seguidas suas lições, ajudá-los-ia mais que a importância ganha pela sobrecarga de trabalho. Aproveitaria mais do que é gasto em desnecessários adornos, e preservaria o vigor da mente a fim de permitir a compreensão do mistério da piedade. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. Mas esses mesmos jovens que professam ser cristãos, lisonjeiam os desejos do coração carnal, seguindo suas próprias inclinações; e o tempo de graça concedido por Deus para que se familiarizem com as preciosas verdades da Bíblia é devotado à leitura de novelas fictícias. CES38 8 2 Esse hábito, uma vez formado, é difícil de ser vencido; mas isso pode ser feito, tem de ser feito por todos os que são candidatos ao mundo celestial. A mente à qual se permite absorver-se na leitura de ficção fica arruinada. A imaginação se torna doentia, o sentimentalismo toma posse da mente e há uma vaga inquietação, um estranho apetite por alimento CES38 8 3 mental nocivo, o qual de contínuo desequilibra a mente. Há, hoje, nos manicômios, milhares cuja mente se tornou desequilibrada pela leitura de novelas, leitura essa que resulta na edificação de castelos no ar e doentio sentimentalismo. A Bíblia é o Livro dos livros. Ela vos dará saúde e vida. É um calmante para os nervos e comunica solidez de mente e firmeza de princípio. Cavar fundo as gemas da verdade CES38 8 4 Os alunos da Escola Sabatina devem ser diligentes, cavar fundo e buscar com o máximo cuidado as preciosas gemas da verdade contidas nas lições semanais. Os privilégios e oportunidades que ora têm de se tornar entendidos no que respeita às Escrituras, não devem ser negligenciados. Deus quer que os que professam segui-Lo estejam bem munidos de provas das doutrinas de Sua Palavra. Quando e onde podem tais provas ser melhor obtidas que, na juventude, através da Escola Sabatina? De maneira alguma devem os pais tratar isso com indiferença. -- The Review and Herald, 28 de Novembro de 1878. Comparar texto com texto CES38 8 5 "Examinai as Escrituras" (João 5:39), foi a instrução do Mestre. Muitos têm perdido muito por negligenciarem este dever. Quando examinamos a Palavra de Deus, os anjos se acercam de nós, refletindo sobre as páginas sagradas brilhantes raios de luz. As Escrituras apelam para o homem como tendo poder para escolher entre o certo e o errado; elas lhe falam em termos de advertência, de reprovação, de CES38 9 1 súplica e de encorajamento. A mente deve exercitar-se nas solenes verdades da Palavra de Deus, ou definhará. Temos a verdade exposta em publicações, mas não basta basear-se no pensamento de outros. Precisamos examinar por nós mesmos e aprender as razões de nossa fé, comparando texto com texto. Tomai a Bíblia e de joelhos suplicai de Deus iluminação para vossa mente. Se estudássemos a Bíblia cada dia diligentemente e com oração, veríamos diariamente alguma bela verdade em nova luz, clara e penetrante. -- The Review and Herald, 4 de Março de 1884. Escrita para as pessoas simples CES38 9 2 Cada filho de Deus deve ser entendido nas Escrituras e capaz de mostrar nossa posição na história deste mundo, acompanhando o cumprimento das profecias. A Bíblia foi escrita para as pessoas simples, bem como para as eruditas e é acessível à compreensão de todos. As grandes verdades sobre que repousa o dever do homem para com o homem e para com o Criador são claramente reveladas; e os que realmente desejam a verdade não precisam errar. O caminho não é deixado na incerteza, como se estivéssemos numa encruzilhada, sem saber que caminho tomar. A verdade é nosso guia; é para nós como uma coluna de nuvem durante o dia e à noite como uma coluna de fogo. CES38 9 3 As muitas opiniões contraditórias que surgem com referência ao que a Bíblia ensina não têm sua origem na obscuridade do livro em si mesmo, mas na cegueira e preconceito da CES38 9 4 parte dos intérpretes. Os homens deixam de lado as claras afirmações da Bíblia para seguirem seu próprio juízo pervertido. Orgulhando-se de seus dotes intelectuais, passam por alto a simplicidade da verdade; desprezam o manancial de águas vivas para beber das venenosas correntes do erro. -- The Review and Herald, 27 de Janeiro de 1885. Substituir a ficção pela Bíblia CES38 9 5 Tanto adultos como jovens negligenciam a Bíblia. Não fazem do seu estudo, a regra de sua vida. Os jovens, especialmente, são culpados desta negligência. A maioria deles encontra tempo para ler outros livros, mas aquele que indica o caminho da vida eterna não é estudado diariamente. Histórias insignificantes são lidas atentamente, enquanto a Bíblia é negligenciada. Este livro é nosso guia para uma vida mais elevada e mais santa. Os jovens o declarariam o mais interessante livro que já leram, não estivesse sua imaginação pervertida por histórias imaginárias. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 139. É essencial o espírito de pesquisa CES38 10 1 "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para CES38 10 2 que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra." 2 Timóteo 3:14-17. CES38 10 3 Há ainda muita verdade preciosa a ser revelada ao povo neste tempo de trevas e perigo, mas é o determinado propósito de Satanás impedir que a luz da verdade brilhe no coração dos homens. Se queremos possuir a luz que nos foi provida, devemos mostrar que a desejamos por meio de diligente estudo da Palavra. Preciosas verdades, que há muito têm estado em obscuridade, hão de ser reveladas numa luz que lhes manifestará o sagrado valor; pois Deus glorificará Sua Palavra, fazendo-a aparecer numa luz em que nunca dantes a contemplamos. Mas os que professam amar a verdade devem exercitar as faculdades para compreender as coisas profundas da Palavra, a fim de que Deus seja glorificado, e Seu povo, abençoado e iluminado. Com coração humilde, subjugado pela graça de Deus, deveis empreender a tarefa de examinar as Escrituras, preparados para aceitar todo raio de luz divina e andar no caminho da santidade. Atitude de discipulado CES38 10 4 Ao examinar as Escrituras não vos esforceis por interpretar-lhe as declarações de acordo com vossas idéias preconcebidas, mas por compreender os princípios fundamentais da fé cristã. Com vivo interesse e fervente oração, ide à Palavra de Deus para saber o que é a verdade, tendo o mesmo espírito manifestado por Natanael ao suplicar sinceramente ao Senhor que lhe desse o conhecimento da verdade. Todo CES38 10 5 pesquisador sincero será iluminado como o foi Natanael. Jesus o viu, ao ajoelhar-se ele em oração, debaixo da figueira e, enquanto pedia luz, o mensageiro veio chamá-lo para conduzi-lo à Fonte de toda luz. CES38 10 6 "Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, Filho de José. Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" João 1:45, 46. Preconceito e+ incredulidade surgiram no coração de Natanael. Filipe não tentou combater esses sentimentos, mas disse: "Vem e vê. Jesus viu Natanael vir ter com Ele e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces Tu? Jesus respondeu e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu estando tu debaixo da figueira. Natanael respondeu e disse-Lhe: Rabi, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel." João 1:46-49. CES38 11 1 Quão facilmente se convenceu Natanael! E com que prazer contemplou Jesus sua fé não fingida! "Jesus respondeu e disse-lhe: Porque te disse: vi-te debaixo da figueira, crês? coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que, daqui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem." João 1:50, 51. Deus nunca honra a incredulidade, a dúvida. Quando Ele fala, Sua palavra deve ser reconhecida CES38 11 2 e cumprida nas ações diárias. E se estiver em viva união com Deus, o coração do homem reconhecerá a voz que vem do Céu. Evitar controvérsia CES38 11 3 Ao passo que há necessidade de completa pesquisa da Palavra de Deus, para que se descubra a verdade, trazendo-a à luz, devemos guardar-nos de que o espírito de controvérsia nos domine em nossa discussão das lições da Escola Sabatina. Ao apresentar-se um ponto sobre o qual haja divergência de opinião, os que procuram compreender a Palavra de Deus devem manifestar a graça de Cristo. A fim de que todos saibam por si mesmos o que é a verdade, deve haver liberdade para franca pesquisa. Entre os alunos da Escola Sabatina, deve existir um espírito de pesquisa, a fim de que os que têm idade suficiente para discernir evidências, sejam animados a buscar novos raios de luz e apreciar tudo o que Deus enviar a Seu povo. Nunca se há de patentear a luz que Deus deseja dar a Seu povo, a menos que haja diligente exame da Palavra da verdade. CES38 11 4 O mundo está cheio de toda espécie de erros para desviar-nos e é essencial que tanto alunos como professores se certifiquem de que sabem o que é a verdade. Há necessidade de reverenciarmos a Palavra de Deus, reconhecendo-Lhe a voz nos oráculos vivos, a fim de praticarmos seus preceitos e vivermos de toda palavra que sai da boca de Deus. Os que CES38 11 5 fazem a vontade divina, reconhecerão se a doutrina é de Deus, ou não, pois nenhum engano lhes obscurecerá a mente. Deus chama a todos, tanto idosos como jovens, para examinar diligentemente Sua Palavra e descobrir os ricos tesouros da verdade. Pastores e povo, professores e alunos, todos são chamados para a obra do estudo da Bíblia. CES38 12 1 Da Palavra de Deus há de brilhar preciosa luz, e ninguém apague o Espírito, presumindo prescrever o que será ou o que não será apresentado ao povo nas mensagens que Ele há de enviar. Qualquer que seja sua posição de autoridade, ninguém tem direito de impedir que o povo receba a luz. Quando uma mensagem vem ao povo, em nome do Senhor, ninguém pode desculpar-se de não lhe pesquisar as declarações. Ninguém pode permanecer em atitude de indiferença e confiança própria, dizendo: "Sei o que é a verdade. Estou satisfeito com minha situação. Firmei minhas estacas e, venha o que vier, não deixarei minha posição. Não ouvirei a mensagem desse mensageiro, pois sei que não pode ser verdadeira." Por terem seguido esse caminho é que as igrejas populares não foram alcançadas pelas mensagens celestiais, sendo deixadas em escuridão parcial. Cultivar um espírito suscetível de ensino CES38 12 2 Deus requer que os que exercem cargos de responsabilidade na Escola Sabatina se desembaracem de todo egoísmo, CES38 12 3 confiança própria e orgulho de opinião. Ao ser apresentada uma mensagem que não compreendeis, ouvi as razões dadas pelo mensageiro, comparando passagem com passagem, a fim de verificardes se é ou não apoiada pela Palavra de Deus. Se credes que as opiniões expostas não têm por base a Palavra de Deus e se não puder ser controvertida a posição que assumis com relação ao assunto, apresentai então vossas firmes razões, pois vossa convicção não será abalada por entrar em contato com o erro. Não há virtude ou coragem em manter contínua luta nas trevas, fechando os olhos para não ver, os ouvidos para não ouvir, e endurecendo o coração na ignorância e incredulidade, para não vos humilhardes, reconhecendo que recebestes luz sobre alguns pontos da verdade. CES38 12 4 Abstendo-vos de pesquisar a verdade, deixais de cumprir a ordem do Salvador, de examinar as Escrituras. Seria correto considerar os resultados do trabalho de alguém como um montão de lixo, sem antes examinar minuciosamente para ver se há ou não preciosas gemas de verdade nessas atitudes ou pensamentos que condenais? Conservar-se-ão os que ainda têm quase tudo por aprender afastados de toda reunião em que há oportunidade de pesquisar as mensagens dadas ao povo, simplesmente por imaginar que os pontos de vista mantidos pelos ensinadores da verdade não estão em harmonia com o que CES38 12 5 conceberam como verdade? Somos admoestados a não proceder como os judeus que assim fizeram ao tempo de Cristo, sendo levados a escolher as trevas de preferência à luz, pois, ao se apartarem do Deus vivo, havia neles um ímpio e incrédulo coração. Ninguém que pensa saber tudo é demasiado experiente ou instruído que não possa aprender com o mais humilde mensageiro do Deus vivo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 62-66. O professor deve ser um discípulo CES38 13 1 "Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. E rejeita as questões loucas e sem instrução, sabendo que produzem contendas." 2 Timóteo 2:22, 23. Os que se tornam educadores de crianças e jovens precisam aprender muitíssimo, tanto em preceito como em experiência, a fim de poderem ser obreiros de êxito. Devem crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, até atingir Sua estatura. O crescimento na graça é um testemunho de que permaneceis em Cristo, como o ramo na videira. Se permanecerdes nEle, tereis poder para discernir a verdade espiritual, pois as coisas espirituais se discernem espiritualmente. CES38 13 2 "Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno." 1 João 2:14. Deus roga aos moços e moças que aproveitem o máximo possível a capacidade que lhes foi confiada. Ele deseja que cultiveis CES38 13 3 hábitos de estudo e diligência, a fim de aumentardes os talentos que vos deu. Deus vos aceitará o serviço e o aperfeiçoamento de vossas aptidões, mas não pode aprovar trabalhos alinhavados em que não se coloque todo o coração. Todo ramo da obra de Deus exige o exercício das mais altas capacidades e o emprego de todo auxílio aproveitável; deveis dirigir vossos mais nobres impulsos à propagação da verdade. O santo e elevado caráter da obra requer as mais altas faculdades intelectuais e espirituais, a fim de ser apresentada de modo adequado aos que se assentam nas trevas da sombra da morte. CES38 13 4 Se sois chamados para ser mestres em qualquer ramo da obra de Deus, sois também chamados para ser discípulos na escola de Cristo. Se tomais sobre vós a sagrada responsabilidade de ensinar outros, tendes o dever de ir ao âmago do assunto que procurais ensinar. Se, na Escola Sabatina, apresentais a vossos alunos um assunto da Palavra de Deus, deveis esclarecer de tal maneira a razão de vossa fé que vossos alunos se convençam de sua veracidade. Deveis examinar e comparar diligentemente as evidências da Palavra de Deus nas mensagens por Ele enviadas à igreja, para que saibais o que é a verdade e sejais capazes de guiar na vereda da justiça, os que em vós confiam. Escutar com sinceridade CES38 13 5 Quando vos pedirem para ouvir as razões de uma doutrina que não compreendeis, não condeneis a mensagem CES38 14 1 antes de fazer uma análise completa, e de verificar pela Palavra de Deus que não é sustentável. Se me fosse concedida a oportunidade, falaria aos estudantes de todas as Escolas Sabatinas do mundo, elevando minha voz em fervoroso apelo para que fossem à Palavra de Deus em busca de verdade e luz. Justamente agora Deus reserva preciosa luz para Seu povo e deveis pesquisar fervorosamente para atingir um perfeito conhecimento de cada ponto da verdade, para que no dia de Deus não sejais achados entre os que não viveram de toda palavra que sai da boca de Deus. CES38 14 2 Devem ser cuidadosamente considerados os importantes resultados que estão em jogo por negligenciar a Palavra de Deus. O estudo da Bíblia é digno do melhor esforço mental, da mais santificada capacidade. Quando nova luz for apresentada à igreja, ser-vos-á perigoso rejeitá-la. Recusar ouvir a mensagem, por ter preconceito contra ela ou contra o mensageiro, não desculpará vosso caso perante Deus. Condenar aquilo que não ouvistes ou não compreendestes, não vos exaltará aos olhos dos que são sinceros em suas buscas da verdade. É loucura falar com desprezo a respeito dos que Deus enviou com uma mensagem verdadeira. Se os jovens estão procurando educar-se para serem obreiros em Sua causa, devem aprender o caminho do Senhor e viver de toda palavra que sai da boca de Deus. Não devem convencer-se de que toda verdade já foi revelada e CES38 14 3 que o Ser Infinito não tem mais luz para Seu povo. Se se firmam na crença de que toda verdade já foi revelada, estão em perigo de se desfazerem de preciosas gemas da verdade, que serão descobertas ao volverem os homens a atenção para pesquisar a rica mina da Palavra de Deus. Pesquisar individualmente CES38 14 4 Os que entraram para a obra do ensino ou foram chamados para qualquer posição de responsabilidade, não se devem satisfazer com o produto das pesquisas de outras mentes, mas devem pesquisar a verdade por si mesmos. Se não formarem o hábito de estudar por si mesmos os temas da verdade, tornar-se-ão superficiais em sua vida e experiência. As opiniões de vossos companheiros vos podem ser de valor, mas não deveis confiar nelas, sem ter vossas próprias e definidas idéias. Deveis examinar as verdades que fostes levados a crer, até vos certificardes de que não contêm defeito algum. Perdeis muito quando não levais à lei e ao testemunho cada ponto da fé a que vos apegais, pois não vedes nem apreciais a verdade como é. Oh, que todos os nossos jovens apreciem o privilégio que Deus lhes deu! Ele deseja que vos dirijais à fonte de toda luz e sejais iluminados pelo Seu Espírito, que será dado a todo humilde pesquisador da verdade. Verificareis então que o Espírito e a Palavra concordam entre si e que sabeis o que é a verdade. Que segurança nos traz esse conhecimento! CES38 15 1 Sabendo que não seguistes fábulas artificialmente compostas, podeis então falar com poder, proclamando o que aprendestes ser a verdade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 58-61. Promessa de mais luz CES38 15 2 Ao que está em viva comunhão com o Sol da Justiça, sempre se revelará nova luz sobre a Palavra de Deus. Ninguém deve chegar à conclusão de que não há mais verdades a serem reveladas. O que busca a verdade com diligência e oração encontrará preciosos raios de luz que ainda hão de brilhar da Palavra de Deus. Ainda se acham dispersas muitas gemas que devem ser reunidas para tornar-se propriedade do povo remanescente de Deus. Mas a luz não é conferida simplesmente para fortalecer a igreja, mas para iluminar os que estão em trevas. O povo de Deus deve anunciar os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Cristo declarou aos discípulos: "Vós sois a luz do mundo" (Mateus 5:14), e a missão da luz é resplandecer e dissipar as trevas. CES38 15 3 Oh, que professores e alunos sejam o que o Senhor designou que fossem, ao dar por eles a vida, a fim de que se tornem filhos e filhas de Deus e conquistem a imperecível coroa de glória! -- Testimonies on Sabbath School Work, 53, 54. Novo sentido em textos familiares CES38 15 4 Quando o pesquisador da verdade abre a Bíblia para ler com reverência as palavras de Deus, possuído do ardente desejo CES38 15 5 de saber "o que diz o Senhor" (Miquéias 6:1), luz e graça lhe serão dadas e elevará as maravilhas da lei divina. Não considerará a lei de Jeová como um jugo, mas como os graciosos mandamentos dAquele que é todo sabedoria e compaixão. Apressar-se-á a cumprir as exigências divinas. Grandes verdades negligenciadas e não apreciadas durante séculos, serão reveladas pelo Espírito de Deus e os textos familiares brilharão com novo significado. Cada página será iluminada pelo Espírito de verdade. A Bíblia não está fechada, mas aberta. São reveladas as mais preciosas verdades; os homens ouvem maravilhados as palavras vivas que lhes despertam a consciência para a ação. Afastando-se dos marcos da Bíblia CES38 15 6 Muitos conhecem tão pouco acerca da Bíblia, que sua fé é instável. Removem os marcos antigos, e as falácias e ventos de doutrina os levam para cá e para lá. A ciência, falsamente assim chamada, está minando os fundamentos dos princípios cristãos; e os que uma vez estavam na fé vão-se afastando dos marcos bíblicos e se divorciam de Deus enquanto ainda professam ser filhos Seus. -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1896. Os jovens fortalecidos contra heresias CES38 16 1 As lições bíblicas, ensinadas em nossas escolas, são muito mais importantes do que muitos agora julgam. As crianças terão, num breve futuro, de enfrentar as heresias e fábulas CES38 16 2 que existem no mundo cristão. Instruí a juventude com simplicidade, mas com grande exatidão. Nossa obra deve subsistir à prova do julgamento. Nessa idade, a juventude deve ser habilitada, pela graça de Cristo, a enfrentar e vencer os males que foram introduzidos na sociedade. Terão oportunidade de servir-se de todo conhecimento e influência adquiridos, e necessitarão de sabedoria celestial para deter a corrente de males que os rodeia. São inúmeros os defensores do erro e de doutrinas não bíblicas. O mundo os induz a se esquecerem de Deus e a desprezar Suas reivindicações. A lei de Deus é calcada sob pés profanos. Todo jovem é responsável perante Deus por suas oportunidades e pela preciosa luz das Escrituras que sobre ele brilha. -- Testimonies on Sabbath School Work, 22. Barreira contra a tentação CES38 16 3 Deve haver vivo e crescente interesse em armazenar na mente a verdade bíblica. O precioso conhecimento assim obtido edificará uma barreira ao redor da alma. Embora assaltada por tentações, terá ela uma firme confiança em Jesus, mediante o conhecimento dAquele que nos chamou à glória e à virtude. -- Testimonies on Sabbath School Work, 12. Auxílio divino na pesquisa da verdade CES38 16 4 Devemos pesquisar todos os pontos da verdade, pois não há limites à verdade de Deus, e tanto alunos como professores devem sentir mais vivo interesse em seu estudo, a fim de saber o que CES38 16 5 Deus disse. Durante anos tem-nos soado a voz divina: "Despertai, despertai, despertai!" Estudai cada ponto da verdade, para que saibais por vós mesmos qual a diferença entre a verdade e o erro. Examinem os estudantes por si mesmos, a fim de conhecer as coisas profundas de Deus. Esse trabalho deve ser feito no Espírito de Cristo. Não imponhais restrições aos estudantes. CES38 17 1 No exame das Escrituras há necessidade de grande humildade de espírito e contrição de coração, de buscar fervorosamente a Deus. Os que buscam a verdade com espírito humilde serão, em sua pesquisa, ajudados pelos anjos de Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 55, 56. Culto não sincero CES38 17 2 Muitos que professam ser cristãos não fazem mais do que apenas crer na Palavra de Deus. Não a estudam fervorosamente, mas desperdiçam precioso tempo na leitura de romances. Mera compreensão intelectual da Palavra de Deus não será suficiente para influenciar os hábitos da vida, pois a vida é regulada pelas condições do coração. Depois de os professores da Escola Sabatina terem ensinado as lições da revelação externa, apenas iniciaram seu trabalho e não devem cessar os esforços antes de obter evidências de que os preceitos do Céu não só foram aceitos pelo entendimento do aluno, mas gravados no coração. -- Testimonies on Sabbath School Work, 57, 58. Estudo reforçado por oração CES38 17 3 Devemos exercer todas as faculdades do espírito no estudo das Escrituras, e adaptar a inteligência e compreender, CES38 17 4 até onde isto for possível a seres mortais, as profundezas de Deus; todavia não devemos esquecer que a docilidade e submissão de uma criança é o espírito que deve ser possuído pelo pesquisador da verdade. Dificuldades espirituais não podem ser resolvidas pelos mesmos métodos empregados na solução de problemas filosóficos. Não devemos abordar o estudo da Bíblia com aquela confiança própria com que muitos ingressam nos domínios da ciência, mas com um espírito de humildade e de súplica, e com um sincero desejo de conhecer a vontade de Deus. Para obter conhecimentos do grande "Eu Sou" devemos vir com um espírito humilde e dócil. De outro modo os espíritos maus hão de cegar-nos de tal modo os olhos e de tal modo nos endurecer o coração, que não seremos impressionados com a verdade. CES38 17 5 Muitas passagens das Escrituras, que homens doutos consideram mistérios ou passam por alto como merecendo pouca importância, estão cheias de conforto para aquele que aprender na escola de Cristo. Uma das razões por que muitos teólogos não têm melhor compreensão da Bíblia é que eles fecham os olhos para as verdades que não lhes convêm praticar. A compreensão da Bíblia não depende tanto da força intelectual posta ao serviço do seu estudo quanto da singeleza de propósito, do sincero desejo de conhecer a verdade. CES38 18 1 A Bíblia nunca deve ser estudada sem oração. Só o Espírito Santo é capaz de nos fazer sentir a importância daquelas coisas que são fáceis de compreender ou de prevenir-nos de desvirtuar as verdades de difícil compreensão. É a missão dos anjos celestiais preparar a nossa mente para uma compreensão da Palavra de Deus, CES38 18 2 de modo a sermos encantados por sua beleza, admoestados pelas suas advertências, e animados e confortados pelas suas promessas. Devemos fazer nossa a súplica do salmista: "Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei." Salmos 119:18. As tentações parecem muitas vezes irresistíveis porque, pela negligência da oração e do estudo da Bíblia, não ocorrem prontamente ao tentado as promessas de Deus para poder enfrentar a Satanás com as armas das Escrituras. Entretanto, os anjos estão ao redor dos que são dóceis ao ensino de Deus; e em tempos de grandes provas eles hão de lembrar-lhes as verdades que eles necessitam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 121, 122. Como Deus comunica o conhecimento CES38 18 3 Dia a dia, obtinha Jesus conhecimentos da grande biblioteca que é a natureza animada e inanimada. Aquele que criara todas as coisas, a cuja poderosa palavra montes e vales, rios e árvores foram trazidos à existência, era agora um filho da humanidade e estudava as lições que Sua própria mão escrevera nas folhas, flores e árvores. As parábolas mediante as quais, durante Seu ministério, Jesus ensinava Suas lições da verdade, mostram-nos como Seu espírito Se abria à suave influência da natureza e como, durante os anos em que permaneceu oculto, deleitava-Se em acumular os ensinos espirituais tirados de tudo o que O rodeava na vida diária. A Jesus desdobrava-se gradualmente o significado das palavras divinas, ao meditar Ele, buscando compreender a razão de ser das coisas, como o pode fazer qualquer jovem. CES38 18 4 Toda criança pode, como o fez Jesus, obter conhecimento das obras da natureza e das páginas da Santa Palavra de Deus. Ao procurarmos, mediante a Santa Palavra, tornar-nos familiarizados com nosso Pai celestial, anjos se aproximarão de nós, nossa mente será fortalecida, nosso caráter elevado e enobrecido, e seremos mais semelhantes ao Salvador. E, ao contemplarmos a formosura e magnificência das obras da natureza, nossas afeições se volvem para Deus; conquanto o coração se atemorize e o espírito seja subjugado, a pessoa se fortalece por entrar em contato com o Infinito, mediante Sua maravilhosa criação. A comunhão com Deus, por meio da oração humilde, desenvolve e fortalece as faculdades mentais e morais, e as espirituais aumentam pelo cultivo de pensamentos acerca das coisas espirituais. CES38 19 1 Os que se consagram a Deus de corpo, espírito e alma, purificando seus pensamentos pela obediência da lei divina, hão de continuamente receber nova provisão de poder físico e mental. Haverá sincero anseio por Deus e fervorosa oração, pedindo clara percepção para discernir a missão e o operar do Espírito Santo. Não somos nós os que devemos usar o Espírito Santo, mas Ele que nos deve usar a nós, moldando-nos cada faculdade. Como preparar-se para as provas futuras CES38 19 2 Os servos de Cristo não devem preparar determinado discurso para apresentá-lo quando forem levados a juízo por causa de sua fé. Devem preparar-se dia a dia, entesourando no coração as preciosas verdades da Palavra de Deus, alimentando-se CES38 19 3 dos ensinos de Cristo e fortalecendo sua fé pela oração; então, quando levados a juízo, o Espírito Santo lhes trará à lembrança as verdades que hão de alcançar o coração dos que as ouvirem. CES38 19 4 Qual relâmpago, trar-lhes-á Deus à memória, justo quando for necessário, o conhecimento obtido mediante diligente exame da Palavra divina. Mas se negligenciarem encher a mente com as gemas da verdade, se não se familiarizarem com as palavras de Cristo, se, na provação, nunca experimentaram o poder de Sua graça, não poderão esperar que o Espírito Santo lhes faça lembrar Suas palavras. Diariamente devemos servir a Deus com afeições não divididas, e então confiar nEle. -- Testimonies on Sabbath School Work, 105-107. Estudo diário da Bíblia CES38 19 5 A Escola Sabatina oferece aos pais e aos filhos preciosa oportunidade para o estudo da Palavra de Deus. Mas, a fim de receber o benefício que devem conseguir na Escola Sabatina, tanto os pais como os filhos precisam dedicar tempo ao estudo das lições, procurando obter um completo conhecimento dos fatos apresentados, bem como das verdades espirituais que esses fatos se destinam a ensinar. Devemos especialmente impressionar a mente dos jovens com a importância de compreender plenamente o significado do texto em estudo. ... CES38 19 6 Pais, ponde de parte, cada dia, algum tempo para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos. CES38 20 1 Se for necessário, renunciai à visita social de preferência a sacrificar a hora dedicada às preciosas lições da história sagrada. Os pais, da mesma maneira que os filhos, receberão benefício desse estudo. Decorem-se as passagens mais importantes da Escritura ligadas com a lição, e seja isso, não uma tarefa, mas um privilégio. Embora a memória possa ser deficiente a princípio, há de crescer em força mediante o exercício, de maneira que, depois de algum tempo, vos será um prazer entesourar as preciosas palavras da verdade. E esse hábito será um valioso auxílio ao crescimento religioso. CES38 20 2 Se o tempo que é mais que desperdiçado na tagarelice, na satisfação do orgulho e do apetite, fosse, com igual interesse, dedicado ao estudo da Bíblia, que animação seria dada às nossas Escolas Sabatinas! Mas, se os pais estão mais ansiosos em vestir os filhos à moda, que em lhes armazenar na mente as verdades da Palavra de Deus, os próprios filhos logo aprendem a considerar o vestuário e o ornamento de maior importância que as coisas que dizem respeito à sua salvação. ... CES38 20 3 Tende regularidade no estudo das Escrituras em família. Negligenciai qualquer coisa de natureza temporal; renunciai toda costura desnecessária e toda provisão dispensável à mesa, mas assegurai-vos de serdes alimentados com o pão da vida. É impossível avaliar os bons resultados de uma hora, ou mesmo de meia hora diária, dedicada à Palavra de Deus, de maneira alegre e social. Fazei da Bíblia seu próprio expositor, juntando tudo, relativamente a um determinado CES38 20 4 assunto, o que foi dito em tempos diferentes e sob variadas circunstâncias. Não seja vosso estudo doméstico interrompido por causa de visitantes. Se chegarem durante o estudo, convidai-os a tomar parte nele. Mostrai que considerais mais importante obter conhecimento da Palavra de Deus que assegurar lucros ou prazeres mundanos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 10, 11. Gravar na memória a lição CES38 20 5 Como um meio de ensino intelectual, as oportunidades do sábado são incalculáveis. Que se aprenda a lição da Escola Sabatina, não olhando rapidamente ao texto da mesma no sábado de manhã, mas estudando cuidadosamente para a próxima semana, no sábado à tarde, com recapitulação diária ou ilustração durante a semana. Assim a lição se fixará na memória, como um tesouro que jamais se perderá completamente. -- Educação, 251, 252. Nosso alimento espiritual diário CES38 20 6 Precisamos compreender as palavras de Cristo: "A carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:33. A Santa Palavra aceita e praticada na vida. A vida espiritual consiste em ser Cristo a luz e a vida do templo da alma, como o sangue é a vida do corpo. Todos os que estudam a Palavra são representados como comendo a Palavra e se alimentando de Cristo. ... Assim como as necessidades do corpo devem ser supridas diariamente, deve a Palavra de Deus ser diariamente estudada -- comida, digerida e CES38 21 1 praticada. Isso mantém a nutrição, a fim de que a alma seja conservada com saúde. A negligência da Palavra significa inanição para alma. A Palavra descreve o bem-aventurado como alguém que medita dia e noite sobre as verdades da Palavra de Deus. Todos nós devemos nos dirigir ao banquete da Palavra divina. A relação entre a Palavra e o crente é de vital importância. O apropriarmo-nos da Palavra para nossas necessidades espirituais é comer das folhas da árvore da vida que são para a saúde das nações. Estudai a Palavra e praticai-a pois ela é a vossa vida. -- Carta 4, 1902. Cooperação no lar CES38 21 2 Conquanto seja essencial que o professor faça sábios e pacientes esforços, o trabalho não deve ser deixado somente a cargo do obreiro da Escola Sabatina ou da igreja, mas deve ter seu apoio no lar. Aos pais é confiado um santo encargo e deles se requer que assumam sua responsabilidade no temor de Deus, velando pela vida dos filhos como quem deve dar contas. CES38 21 3 O trabalho missionário no lar tem sido estranhamente negligenciado. Os que têm tido os maiores motivos para demonstrar fervorosa solicitude pela salvação dos filhos, têm-se mostrado indiferentes a suas responsabilidades, considerando levianamente as necessidades de seus familiares. Muitos homens e mulheres têm transferido ao obreiro da Escola Sabatina ou à influência da igreja CES38 21 4 a responsabilidade que Deus lhes deu como pais. Mas a cada pessoa foi designada a sua obra, e os pais que negligenciarem sua parte, serão pesados na balança a achados em falta. CES38 21 5 A instrução que Cristo deu aos filhos de Israel, da coluna de nuvem, mostra o dever dos pais, e ela não é definida, nem de difícil compreensão. Essa instrução é para nossa admoestação e ensino. "Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos." Deuteronômio 11:18. Em todas as obras de suas mãos, deviam lembrar-se do mandamento do Senhor, o qual, embora não lhes estivesse literalmente atado às mãos, devia influenciar cada transação de sua vida, servindo-lhes também de testeiras entre os olhos. Deviam meditar na verdade dos mandamentos de Deus e ser governados por seus princípios. "E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas, para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como dos dias dos céus sobre a Terra." Deuteronômio 11:19-21. ... Ensinar a modéstia e a humildade CES38 22 1 A direção dada a Moisés pelo Filho de Deus, relativamente à instrução dos filhos de Israel, é hoje tão essencial como CES38 22 2 foi outrora e os pais devem segui-la diligentemente como o antigo povo de Deus. A religião deve estar relacionada com toda a vida doméstica, se quisermos ver os resultados designados por Deus como os frutos de seguir Seu caminho. O orgulho, o amor-próprio e a ousadia são características dos filhos destes dias e representam a maldição do século. Dói-me o coração ao ver por toda parte essa manifestação rude, não cristã, e ao verificar que pais e professores procuram exibir a capacidade e competência de seus filhos e alunos, pois sei que deviam seguir exatamente a direção oposta. CES38 22 3 Os pais e professores cujo conhecimento é obtido da Bíblia, e que, em espírito e obras, se deixam governar por seus santos princípios, não precisam desviar-se e ser encontrados em atalhos proibidos. Tanto no lar como na Escola Sabatina, é preciso ensinar às crianças as mais sagradas lições de modéstia e humildade, instruindo-as quanto às elevadas exigências da lei divina e à responsabilidade que têm perante Deus. As lições apresentadas devem ser de tal caráter que as crianças sejam habilitadas a ser úteis nesta vida e obter um lugar no futuro reino imortal. CES38 22 4 "Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, CES38 22 5 E andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te." Deuteronômio 6:5-7. Essas palavras definem claramente o dever de pais e professores; se seguirem essa instrução, não deixarão de ver os melhores resultados. Conseqüência do fracasso dos pais CES38 22 6 Quão diverso seria o relatório bíblico da história de Israel, nação tão altamente favorecida pelo Senhor, se tivessem seguido a instrução que o Filho do Deus vivo lhes havia dado da coluna de nuvem! Mas não obedeceram diligentemente às Suas admoestações. Deixaram de ensinar a seus filhos os requisitos divinos e os tristes resultados nos são apresentados numa nação rejeitada por Deus. Separaram-se tanto da sabedoria divina que, ao aparecer o grande Mestre Jesus, o Redentor do mundo, clamaram: "Tira-O! Tira-O! Crucifica-O!" A tradição dos homens era mais altamente reverenciada que os mandamentos de Deus. As práticas falsas e humanas invenções haviam substituído o ensino puro de Deus. Aquilo que devia fazer parte de seu próprio ser, era considerado de pouca conseqüência e pouco valor. CES38 23 1 Quando Cristo veio ao mundo para exemplificar a verdadeira religião, exaltando os princípios que devem governar o coração e as ações dos homens, de tal maneira havia a falsidade se apoderado dos que tinham tão grande luz, que não mais compreendiam a luz nem desejavam substituir a tradição pela CES38 23 2 verdade. Rejeitaram o Mestre celestial e crucificam o Senhor da glória, para que pudessem reter seus próprios costumes e invenções. O mundo manifesta hoje o mesmo espírito. Os homens são contrários à pesquisa da verdade, pelo receio de que as tradições sejam perturbadas e introduzida nova ordem de coisas. Há, na humanidade, uma constante propensão ao erro e os homens naturalmente se inclinam a exaltar as idéias e o conhecimento humanos, não discernindo nem apreciando o que é divino e eterno. Rejeitada a mensagem de Cristo CES38 23 3 Aos que não tinham preconceitos, as palavras de Cristo eram como luz do Céu. "Nunca homem algum falou assim como este homem." João 7:46. Ao serem apresentadas pelo grande Mestre as fascinantes realidades do futuro eterno, as coisas perecíveis deste mundo eram ofuscadas. Com quanta ansiedade recebiam a verdade os que tinham orado pedindo luz! Mas os orgulhosos e os justos a seus próprios olhos não Lhe aceitavam a mensagem. -- Testimonies on Sabbath School Work, 35-39. Os pais como educadores CES38 23 4 O lar deve tornar-se uma escola de instrução em vez de um lugar de trabalho monótono. As noites devem ser consideradas como preciosas ocasiões a serem devotadas à instrução dos filhos no caminho da justiça. Mas quantas crianças são tristemente negligenciadas! Não são, no lar, educadas a compreender a verdade divina nem preparadas para amar a justiça e exercer juízo. Devem ser pacientemente instruídas, para CES38 24 5 que compreendam as leis que as governam e conheça, o motivo de suas ações. Devem ser levadas em harmonia com as leis do Céu e a amar a verdade como é em Jesus. Desse modo podem elas ser preparadas para associar-se com os anjos e ficar em pé na presença do adorável Redentor. CES38 24 1 Em todo ser humano podem ser implantadas corretas esperanças e aspirações, e a juventude pode ver beleza no caminho da santidade. Em cada caso, ao tratar com os jovens, será necessário empregar certas medidas, a fim de prepará-los, cultivá-los e aperfeiçoá-los para a mais elevada utilidade na vida. Quão poucos apreciam o valor dos talentos que Deus lhes concedeu! Quão poucos pais e educadores compreendem que, só mediante viva conexão com a Fonte de toda sabedoria, poder e santidade, pode haver pleno desenvolvimento da mente e do coração! A verdade é infinita e aquele cuja mente for iluminada e guiada pelo Espírito de Deus, irá de força em força, achando que seu caminho resplandece mais e mais até ser dia perfeito. Rumo da terra, ou do céu CES38 24 2 Mas, conquanto sejamos capazes de progredir no conhecimento e na verdade, não percamos de vista que podemos retroceder bem como avançar. Podemos ir tanto em direção à Terra como ao Céu. Há muitas pessoas que vacilam entre o caminho do Céu e o do inferno. Há sutis e CES38 24 3 enganadoras influências que desviam pessoas de Deus e das coisas celestiais. É necessário que todos sejam cuidados desde os mais tenros anos até à juventude e idade madura. Especialmente os que conhecem o perigo do mal, bem como o amor e interesse de Deus por todo indivíduo, devem tornar sua preocupação o velar pelas pessoas como quem deve prestar contas. CES38 24 4 Como Abraão, devem os pais ordenar sua casa para que observe o caminho do Senhor. Se isso não for feito, Satanás alegremente se encarregará do trabalho do pai, e educará a criança de acordo com sua vontade; e, oh, quanto lhe é deixado desse trabalho! Cumpram os pais seu dever para com os que deles dependem, moldando-lhes o caráter segundo o Modelo divino. Com fé viva e inteira confiança em Deus, façam eles a parte que lhes é designada e Deus fará a Sua, acrescentando à igreja milhares de crianças que agora estão sem Deus e sem esperança no mundo. Preocupação pela conversão da juventude CES38 24 5 Quando a conversão da juventude for a grande e íntima preocupação de pais e professores, serão feitos constantes esforços para disciplinar o caráter e dirigir pelas normas celestiais os gostos e desejos. Toda alma é suscetível se ser edificada em sólidas virtudes. Toda alma pode alcançar alturas, profundidades e larguras de conhecimento nas coisas espirituais, e ser preparada para a vida mais elevada. Quando, com o único objetivo de glorificar a Deus, derem os pais os primeiros passos, tornando tanto quanto possível simples e naturais CES38 25 1 seus hábitos no comer, vestir e viver, haverá ordem no lar, as crianças não serão negligenciadas e será dedicado tempo à sua instrução e desenvolvimento. CES38 25 2 As crianças devem ser rodeadas pelas melhores influências e associações. Os pais que, no temor e amor de Deus, se empenharem nessa obra, vigiarão cada palavra, para que nada ouçam que os desgoste, quando sua própria conversa for repetida pelos filhos. Procurarão, mediante elevada instrução moral, suprir a fraqueza, ignorância e deficiência dos filhos, fim de que cresçam fortes na pureza, com bem estabelecidos hábitos tendo em vista à saúde e felicidade. Com uma educação assim, acumularão aquela espécie de conhecimento que aperfeiçoará o caráter em simetria e força. Negligência de perigosos resultados CES38 25 3 Se a juventude for deixada a adquirir a esmo uma educação, achará que todas as facilidades lhe serão apresentadas. De uma variedade de fontes será o conhecimento do mal transmitido à mente e talvez nunca possa ser completamente apagado na vida posterior. Quando os pais negligenciam o dever de colocar o fundamento no caráter de seus filhos, trazendo os melhores princípios como vigas desse edifício, essa negligência será suprida pelo inimigo de Deus e do homem, e a juventude tornar-se-á indiferente à virtude e à verdade. O lar deve ser o mais agradável lugar no mundo. CES38 25 4 Que são o exterior e o artificial comparados ao verdadeiro e natural? O Senhor deu às crianças faculdades que requerem a mais cuidadosa educação por parte de pais e professores. CES38 25 5 Aqueles a quem Deus confiou a responsabilidade de disciplinar a juventude devem estar em condições de cooperar com Ele no desenvolvimento dos preciosos dons do espírito e do coração, a fim de alcançarem aquela espécie de conhecimento que proporcionará crescente força e será uma aquisição que poderá ser levada para a futura vida imortal. ... Obra da maior importância CES38 25 6 O moldar o caráter de crianças e jovens é uma obra da mais alta importância, na qual é essencial apresentar a Cristo em Seu incomparável amor, para que Seus encantos, mais fortes que as atrações do mundo, obscureçam as mesmas. A juventude deve ver, não somente uma teoria, embora lógica, mas o adorável caráter e glória de Cristo. Devem ser levados a contemplar as riquezas do mundo eterno, até serem animados e ganhos. O amor de Jesus deve ser o motivo de todo esforço. Ele impele, constrange, cativa. -- Testimonies on Sabbath School Work, 101-105. Os pais na Escola Sabatina CES38 26 1 A Escola Sabatina oferece preciosas oportunidades e privilégios aos jovens. Os pais devem prezar altamente essas CES38 26 2 vantagens e mostrar aos filhos que as apreciam. Se não manifestarem eles mesmos decidido interesse na escola, não podem esperar isto dos filhos. Na Escola Sabatina, tanto os pais como os filhos podem ser alunos. Ambos devem buscar o conhecimento das Escrituras. Outros livros devem ser secundários. Cristo disse: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. Temos todos nós o dever de nos familiarizarmos mais com as profecias, e de possuir mais integral conhecimento das lições práticas de Cristo. Se somos meramente leitores desinteressados das Escrituras, não nos podemos tornar entendidos nas verdades aí contidas. Estudar a lição cada dia CES38 26 3 Devem os pais examinar as Escrituras com seus filhos. Devem eles mesmos familiarizar-se com as lições; então podem ajudar os filhos a aprendê-las. Uma porção do tempo de cada dia deve ser reservada ao estudo das lições, não meramente para aprender a repetir automaticamente as palavras, ao passo que a mente não lhe apreende o significado, mas para ir ao próprio fundamento e tornar-se familiar com o que a lição pretende ensinar. A indiferença dos filhos é, em muitos casos, atribuível à conta dos pais. Estes são indiferentes, e os filhos lhes assimilam o espírito. Se os pais mostrarem que atribuem importância à Escola CES38 26 4 Sabatina, a ela concedendo preeminência e manifestando respeito, os filhos geralmente lhes copiarão o exemplo. Ensinar a observância do Sábado CES38 26 5 Devem os pais ter um cabal entendimento com os filhos, no sentido de que as horas sagradas do sábado devem ser usadas para a glória de Deus. Devem levantar-se com o Sol e ter tempo bastante para se prepararem, para a Escola Sabatina sem atropelos e perda talvez do controle. Se os devidos preparativos foram feitos previamente, haverá abundância de tempo para a recapitulação da lição estudada durante a semana; e tanto os pais como os filhos poderão ir à Escola Sabatina com segurança de haverem aprendido bem a lição. Cristo aprecia as crianças CES38 27 1 Jesus Se interessava pelas crianças. Ele não entrou em nosso mundo como um adulto plenamente amadurecido. Se assim tivesse sido não teriam as crianças Seu exemplo para copiar. Cristo foi criança; passou pela experiência de uma criança; experimentou os desapontamentos e os percalços que experimentam as crianças; conhecia as tentações das crianças e jovens. Mas Cristo foi em Sua meninice e juventude um exemplo para todas as crianças e jovens. Na meninice Suas mãos se empenharam em trabalho útil. Na juventude trabalhava na oficina de carpinteiro com Seu pai e a eles esteve sujeito, dando assim em Sua vida uma lição a todas as CES38 27 2 crianças e jovens. Se Cristo não tivesse sido nunca uma criança, os jovens poderiam agora pensar que Ele não simpatizasse com eles. Mas Ele viveu para seu exemplo, e todas as crianças e jovens podem encontrar em Jesus alguém a quem levar todas as suas mágoas e todos os seus desapontamentos, e nEle encontrarão um Amigo que os ajudará. CES38 27 3 Jesus ama as criancinhas. Quando as mães levaram a Ele seus pequeninos, os discípulos procuraram afastá-las. Mas Jesus repreendeu-os, e disse: "Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus." Marcos 10:14. Tomou-os então em Seus amoráveis braços e os abençoou. Os pais e professores que não amam as crianças ou que com elas não têm paciência são dignos de lástima, pois não possuem a mente de Cristo. Os que procuram agregar as crianças na Escola Sabatina estão fazendo uma boa obra, justamente a que o Mestre tem prazer que façam. A mente em expansão, mesmo das criancinhas, pode compreender muito dos ensinos de Cristo, e é susceptível de ser ensinadas a amá-Lo com toda a sua ardente afeição. Devem os pais e professores semear junto a todas as águas, e se fielmente o fizerem poderão ter afinal uma colheita de almas. E quando virem as pessoas por quem trabalharam, junto ao grande trono branco, vestidas de branco, com coroas e harpas de ouro, sentirão que seus esforços não foram em vão. O "bem está, servo bom e fiel" (Mateus 25:21), soará aos seus ouvidos como suave melodia. -- The Signs of the Times, 23 de Junho de 1881. Tomar tempo para o estudo da lição CES38 28 1 Há muitas crianças que alegam falta de tempo como razão para não estudar as lições da Escola Sabatina, mas existem poucas que não achariam tempo para esse estudo, se por ele se interessassem. Algumas dedicam tempo a entretenimentos e passeios; outras, a desnecessários adornos de vestidos, cultivando assim o orgulho e a vaidade. Pertencem a Deus as preciosas horas prodigamente gastas, pelas quais terão de prestar-Lhe contas. As horas gastas em ornamentação desnecessária, em diversões e ociosa conversação, serão trazidas a juízo juntamente com toda obra. -- Testimonies on Sabbath School Work, 8. Os pais devem ajudar os filhos CES38 28 2 Os pais devem sentir ser sagrado o dever de instruir seus filhos nos estatutos e exigências de Deus, bem como nas profecias. Devem educar as crianças no lar, interessando-se eles mesmos nas lições da Escola Sabatina. Ao estudar com as crianças, mostram que dão importância à verdade apresentada nas lições, ajudando a criar gosto pelo conhecimento bíblico. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111. CES38 28 3 Façam os pais a sua parte, não só ajudando os filhos em seu estudo, mas familiarizando-se eles mesmos com as lições. A Bíblia é nosso compêndio. Pais, professores e alunos precisam conhecer melhor as preciosas verdades contidas tanto no Antigo como no Novo Testamentos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14. Mais importante que a escola diária CES38 28 4 Maior cuidado que o exercido para ver se estão preparadas as lições da escola diária, deve ser tomado pelos pais para ver se os filhos sabem as lições bíblicas, que devem ser aprendidas com maior perfeição que as das escolas comuns. Se pais e filhos não vêem necessidade nesse interesse, seria melhor que os filhos ficassem em casa, pois a Escola Sabatina não lhes será uma bênção. Pais e filhos devem trabalhar em harmonia com o diretor e os professores, demonstrando assim que apreciam o esforço feito em seu favor. Os pais devem ter especial interesse na educação religiosa dos filhos, a fim de que eles adquiram mais profundo conhecimento das Escrituras. -- Testimonies on Sabbath School Work, 8. O estudo diligente ricamente recompensado CES38 28 5 A cuidadosa dedicação dos estudantes hebreus [Daniel e seus companheiros] sob a orientação divina, foi ricamente recompensada. Como fizessem diligente esforço para conseguir o conhecimento, o Senhor lhes deu sabedoria celestial. O conhecimento por eles alcançado foi-lhes de grande vantagem quando colocados em posição extrema. O Senhor Deus do Céu não supre deficiências resultantes de indolência mental e espiritual. Quando os instrumentos humanos exercitarem suas faculdades para adquirir conhecimento, a fim de se tornarem profundos pensadores; quando, como as maiores testemunhas CES38 29 1 de Deus e da verdade, tiverem feito conquistas no campo da pesquisa de doutrinas vitais concernentes à salvação da alma, de maneira que o Deus do Céu seja glorificado como supremo, então até juízes e monarcas serão levados a reconhecer, nas cortes de justiça, nos parlamentos e conselhos, que o Deus que fez o céu e a Terra é o único Deus, vivo e verdadeiro, o autor do cristianismo e de toda a verdade, Aquele que instituiu o sábado do sétimo dia quando foram postos os fundamentos da Terra, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam. -- Fundamentos da Educação Cristã, 374, 375. ------------------------Capítulo 3 -- Instrumento ganhador de almas O mais elevado objetivo CES38 29 2 O objetivo da Escola Sabatina deve ser a conquista de almas. A ordem do trabalho pode ser irrepreensível; as instalações, tudo quanto se possa desejar; mas se as crianças e jovens não forem levados a Cristo, a escola será um fracasso, pois, a menos que as pessoas sejam atraídas a Cristo, tornam-se mais e mais incapazes de serem influenciadas por uma religião formal. O professor deve cooperar ao bater à porta do coração dos que necessitam de auxílio. Se os alunos atendem à influência do Espírito e abrem a porta do coração para que Jesus possa entrar, Ele lhes abrirá o entendimento para compreenderem as coisas de Deus. É simples o trabalho do professor, mas se for feito no Espírito de Jesus, a operação do Espírito de Deus o tornará profundo e eficiente. CES38 29 3 Deve-se fazer muito mais trabalho pessoal na Escola Sabatina. A necessidade dessa espécie de atividade não é reconhecida e apreciada como deveria ser. Com o coração cheio de gratidão pelo amor de Deus, deve o professor trabalhar terna e fervorosamente pela conversão de seus alunos. Salvação pessoal, depois serviço CES38 30 1 Que evidência podemos dar ao mundo de que o trabalho da Escola Sabatina não é mera pretensão? Será julgado pelos seus frutos. Será estimado pelo caráter e obra dos alunos. Em nossas Escolas Sabatinas devem-se confiar responsabilidades aos jovens, para que desenvolvam sua capacidade e obtenham poder espiritual. Entreguem-se os jovens primeiramente a Deus e depois, já nos princípios de sua vida cristã, sejam ensinados a ajudar os outros. Esse trabalho lhes exercitará as faculdades, habilitando-os a aprender, a planejar e executar seus planos para o bem de seus companheiros. Procurem eles a companhia dos que necessitam de auxílio, não para se entregarem a fúteis conversações, mas para representarem o caráter cristão, para colaborarem com Deus, conquistando os que não se entregaram a Ele. ... Zelo proporcional ao privilégio CES38 30 2 Estamos tristemente atrasados em nosso dever de nos esforçarmos por auxiliar a juventude. Possuímos grande luz, mas faltam-nos zelo e fervor proporcionais aos privilégios de que gozamos. Devemos erguer-nos acima da fria atmosfera de descrença que nos rodeia, aproximando-nos de Deus para que Ele Se aproxime de nós. CES38 30 3 É preciso educar os jovens para trabalharem pela salvação de pessoas; e, ao educá-los para essa obra, aprenderemos também a trabalhar com mais êxito, tornando-nos instrumentos eficientes nas mãos de Deus CES38 30 4 para a conversão de nossos alunos. Devemos estar possuídos do espírito de trabalho fervoroso, apegando-nos a Cristo e reivindicando-O como nossa única eficiência. Ampliemos nossa mente para termos uma adequada compreensão das coisas que dizem respeito à vida eterna. Nosso coração deve ser abrandado e subjugado pela graça de Cristo, para que nos tornemos verdadeiros educadores. CES38 30 5 Indaguem os superintendentes e professores: Creio eu na Palavra de Deus? Estou eu me entregando Àquele que Se deu por mim, sofrendo a cruel morte de cruz, para que eu não perecesse, mas tivesse a vida eterna? Cremos nós que Jesus está atraindo as pessoas ao nosso redor, mesmo as impenitentes que não Lhe correspondem a esse poder que atrai? Com o coração contrito, dizei então: "Senhor, eu atrairei com toda a força de minha influência, eu atrairei outros a Ti. Confio em Ti, e só em Ti, para tocar e subjugar o coração pelo poder do Espírito Santo." -- Testimonies on Sabbath School Work, 47-50. Importantíssima lição CES38 31 1 Se os jovens, que são fortes, exercitarem as faculdades no estudo da Bíblia, armazenarão na mente valioso conhecimento, que resplandecerá como luz sobre as pessoas com quem se associarem. A Escola Sabatina deve ser o lugar em que os que tenham progredido no conhecimento divino, sejam capazes de inculcar novas idéias com relação à fé do povo de Deus. CES38 31 2 Quando todos os que professam ser cristãos o forem em obra e verdade, a Escola Sabatina não será mais um serviço enfadonho. Os professores compreenderão a lição dada por Cristo a Nicodemos, ensinando-a em toda a sua importante influência sobre o destino humano. Jesus declarou ao mestre de Israel: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus." João 3:3. A não ser que o homem nasça de novo, nunca poderá compreender o caráter do reino celestial nem discernir-lhe a natureza espiritual. Nessas palavras, Cristo dizia a Nicodemos: CES38 31 3 "Não precisas tanto de ciência como de renovação interior. Tens maior necessidade de um novo coração do que de satisfazer tua curiosidade, e antes que se verifique essa mudança, fazendo novas todas as coisas, nenhum benefício receberás se discutir contigo Minha autoridade, Meu trabalho, Minha missão como O que traz as credenciais do Céu." Conhecer a verdade e transmiti-la a outros CES38 31 4 A lição dada por Cristo a Nicodemos é importante para cada professor, cada obreiro da Escola Sabatina, cada jovem e criança. Certamente é importante que nos familiarizemos com as razões de nossa fé, mas o conhecimento experimental acerca do que significa nascer de novo, é o mais importante a ser obtido. A grande necessidade de nossa Escola Sabatina é da luz da vida. Através de todas as nossas fileiras, necessitam-se homens e mulheres CES38 31 5 que tenham aprendido aos pés de Jesus, o que seja a verdade e como apresentá-la a outros. Requerem-se, como educadores de nossos jovens na Escola Sabatina, homens santos que tenham humildade e permaneçam em Cristo. A maior necessidade CES38 31 6 Nicodemos foi ter com o Senhor, pensando entrar em longa discussão relativamente a pontos sem importância, mas Jesus descobriu-lhe os princípios básicos da verdade, mostrando-lhe que sua primeira necessidade era a de humildade, de espírito suscetível de ensino, de um novo coração; precisava, enfim, nascer de novo, se quisesse entrar no reino de Deus. Acaso não há, em nossas Escolas Sabatinas, os que exercem cargos de responsabilidade e que ficariam irritados e aborrecidos se eu lhes testificasse que também necessitam nascer de novo, embora sejam mestres em Israel? Nicodemos se maravilhou de que Cristo lhe falasse da maneira em que o fez, sem respeitar-lhe a posição de mestre em Israel. Não estando preparado para receber a verdade, respondeu-Lhe em palavras cheias de ironia. "Disse-Lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?" João 3:4. Como muitos fazem, revelou ele o fato de que, ao ser levada à consciência a penetrante verdade, o homem natural não apreende as coisas que são do Espírito de Deus. Não há, neles, nada que corresponda às coisas espirituais, que se discernem espiritualmente. Mas, embora Nicodemos não Lhe entendesse as palavras, CES38 32 1 Jesus não Se impacientou nem desanimou. Procurou tornar mais clara Sua exposição da verdade. Com calma e solene dignidade, repetiu Suas palavras, de maneira a convencer Nicodemos de sua divina veracidade: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." João 3:5-7. Como fonte viva CES38 32 2 Todo cristão verdadeiro é uma fonte viva(2), recebendo sempre das inesgotáveis torrentes de graça, sempre refrigerado e sempre refrigerando os que o cercam. Os que são coobreiros de Deus manifestam um espírito missionário; pois estão sempre recebendo, a fim de que possam estar sempre dando aos outros a luz e bênção do Céu. Os que abrem o coração para receber abundantemente, serão capazes de dar abundantemente. CES38 32 3 Quão triste é pensar que na Escola Sabatina se faz grande soma de trabalho rotineiro, ao passo que é pequena a evidência de haver transformação moral na mente dos que ensinam e dos que são ensinados! Quando a operação do Espírito divino for sentida no coração, veremos muitos buscando, com fervor e em primeiro lugar, o reino de Deus e Sua justiça. Então as coisas terrenas tomarão seu devido lugar subordinado CES38 32 4 e as celestiais serão supremas nas afeições dos filhos de Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 72. O que a causa mais necessita CES38 33 1 Qual é o caráter da experiência religiosa dos que tomam parte na Escola Sabatina? A luz da verdade tem brilhado na mente e coração de professores e alunos, para que a difundam entre os que estão sem Cristo. A mensagem salvadora deve ser dada aos que ainda não abriram o coração para receber o dom celestial. A verdade deve ser levada insistentemente à atenção dos que parecem indiferentes. Se todos sentissem responsabilidade pelas pessoas por quem Cristo morreu, quão intenso seria o interesse em cada instrumento empregado para a salvação de almas! CES38 33 2 Quão pouco pensaríamos em condescendência própria, ornamentos de vestuário e procura de prazeres! Quão pouco dinheiro seria gasto em entretenimentos, se compreendêssemos a importância de inverter nossos meios na causa de Deus, que requer cada centavo que não seja preciso para as necessidades reais. CES38 33 3 Orai para que o Espírito Santo vos penetre o coração, e então levareis o jugo de Cristo e Sua carga, crescendo em completa união com Ele. Nossa visão é demasiado estreita e precisa ser alargada para compreendermos as necessidades da causa. CES38 33 4 A maior necessidade da obra é a de moços e moças consagrados, que sintam responsabilidade pessoal pelo CES38 33 5 avançamento da causa e cooperem com os agentes divinos, para dissipar as trevas morais do mundo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 57. O efeito da verdade CES38 33 6 Os princípios da verdade gravados no coração, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, produzirão corretas ações. A Bíblia contém as penetrantes máximas dadas por Deus para guiar ao Céu homens, mulheres, jovens e crianças, através dos conflitos desta vida. "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade" (João 17:17), foi a oração de Cristo. Embora iluminada pelo estudo da Bíblia, é tal a natureza dos jovens que será inútil toda tentativa no sentido de os elevar e enobrecer, a menos que pratiquem na vida diária a verdade de que têm conhecimento. Sobre os pais repousa a séria responsabilidade de cooperar com os professores na Escola Sabatina. CES38 33 7 Há corações que o Senhor tocou com Seu Santo Espírito. Logo que a graça comece a operar na mente, o coração é humilhado e subjugado; não há luta pela supremacia, extingue-se o pecado; existe tal intuição do amor de Cristo em dar Sua vida pelos pecadores que não há desejo de exaltação própria. O converso vê que seu Redentor viveu uma vida de humildade e deseja seguir-Lhe as pegada. Desperta-se-lhe no coração o espírito missionário; e ao andar humilde e obediente, de acordo CES38 34 1 com sua fé, não descansará antes de empenhar-se na obra de salvar pessoas para Cristo. Deseja que todos conheçam a preciosidade do amor do Salvador. -- Testimonies on Sabbath School Work, 25. Uma pergunta para todo professor e estudante CES38 34 2 Estudando as Escrituras, manifestando abnegado interesse por outros, fazendo o que é do agrado do Salvador, crescereis na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador. Seja esta a indagação de todo professor e aluno: "Que posso fazer para servir fielmente Àquele que morreu para que eu pudesse viver?" Eis a resposta do Mestre: "Buscai e salvai os perdidos." Deveis trabalhar como o fez Cristo: com paciência, interesse, determinação, a fim de que não vos desanimeis ao trabalhar para o tempo e a eternidade, crendo que Jesus pode fazer muito mediante a capacidade humana consagrada a Seu serviço. Poderíamos desejar privilégio mais elevado que o de sermos coobreiros de Deus, aproveitando o máximo possível as faculdades que nos foram confiadas, a fim de que esta obra seja finalizada? CES38 34 3 Se moços e moças forem prudentes, cultivando a piedade e devoção, sua luz incidirá sobre outros e a igreja terá vital poder. Seria bom haver uma hora designada para estudo bíblico, em que os jovens, tanto os convertidos como os não convertidos, se reunissem para orar e relatar suas experiências. CES38 34 4 A juventude deve ter oportunidade de expressar seus sentimentos. Seria proveitoso escolher primeiramente um guia prudente, que fale pouco e anime bastante, dizendo palavras que ajudem e fortaleçam a juventude no começo de sua experiência religiosa. Depois de obterem alguma experiência, devem os próprios jovens, um após outro, assumir essa direção, preparando-se assim para serem obreiros aprovados por Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 47, 48. Prometidas força e sabedoria CES38 34 5 Que todo obreiro fiel e honesto de coração seja animado a continuar a trabalhar, tendo em vista que cada um será recompensado segundo as suas obras. Trabalhai com o único objetivo de glorificar a Deus. Não recuseis assumir responsabilidades, por terdes um sentimento de vossa fraqueza e ineficiência. Deus pode dar-vos força e sabedoria, se sois consagrados a Ele e vos conservais humildes. Que ninguém, por negligência, recuse trabalhar nem se adiante, impondo seus serviços quando não é desejado. O dever de trabalhar por outros CES38 35 1 Que todo obreiro fiel seja grato a Deus pela honra de trabalhar pelo Mestre. Aproveitai as oportunidades de praticar o bem e aumentai os talentos que Deus vos deu, buscando diariamente a graça que vos habilite a fazê-lo. CES38 35 2 As oportunidades perdidas no passado, bem vos podem CES38 35 3 humilhar até ao pó, levando-vos a vigiar cuidadosamente, para não deixar passar ocasiões de ser uma bênção para os outros. Quantas vezes chegou a hora de trabalhar, mas o obreiro não estava em seu posto! Poderiam ter sido ditas palavras que ajudariam e fortaleceriam pessoas fracas, que lutavam sob a tentação, mas nunca foram proferidas. Poderiam ter-se desenvolvido bem dirigidos esforços pessoais, que salvariam uma pessoa da morte, cobrindo uma multidão de pecados, mas ninguém havia que fizesse o trabalho. Os negligentes terão de defrontar sua negligência no dia de Deus. Preciosíssimo é o sangue de Cristo, o qual nos purifica de todo pecado. O sentimento do amor redentor de Cristo deve levar-nos a abraçar toda oportunidade de fazer o bem. Esses momentos são excessivamente preciosos, quando empregados para glória de Deus. Os que buscam riquezas terrestres, espreitam cuidadosa e constantemente as oportunidades de alcançar o desejado objetivo, e os obreiros de Cristo não devem ser menos fervorosos na conquista de almas. Poderão ser colaboradores de Cristo, se Lhe imitarem o exemplo, fazendo o bem a todos os que estiverem na esfera de sua influência. CES38 35 4 Por amor de Cristo, devem os professores e dirigentes da Escola Sabatina ser homens e mulheres que amem e temam a Deus; que compreendam a responsabilidade de sua posição, como os que velam pelas pessoas e precisam dar conta a Deus da influência que exercem sobre os que estão ao seu cuidado. Fé nas promessas de Deus CES38 35 5 Devemos crescer na fé, do contrário não poderemos ser transformados à imagem divina, nem amar e obedecer às exigências de Deus. Orai com lábios não fingidos: "Senhor, aumenta-me a fé; dá-me luz divina, pois sem Teu auxílio nada posso fazer." Chegai-vos humildemente e inclinai-vos diante de Deus; abri perante o Senhor vossa Bíblia contendo as promessas divinas; apegai-vos a elas; fazei com Deus um concerto de que haveis de cumprir Suas exigências; dizei-Lhe que crerdes, sem qualquer outra evidência a não ser a simples promessa. Isso não é presunção, mas a menos que trabalheis com zelo e sejais fervorosos e resolutos, Satanás obterá vantagem e sereis deixados em trevas e na incredulidade. CES38 36 1 As palavras e promessas divinas são o único fundamento de nossa fé. Tomai a Palavra de Deus como verdade, como uma voz viva que vos fala, e obedecei fielmente a todos os seus reclamos. Fiel é o que prometeu. Deus cooperará com os esforços dos diretores e professores. A fraqueza de nossa fé é o que nos limita as bênçãos. Devemos ser mansos e humildes de coração. Diariamente podemos ter ricas evidências de Seu amor e misericórdia em nossos abnegados esforços de fazer o bem a outros. Rogo aos obreiros de nossas Escolas Sabatinas que se revistam de toda armadura de Deus e demonstrem sua fidelidade, como bons soldados de Jesus Cristo. Deus recompensará todo trabalho que for feito para Sua glória. -- Testimonies on Sabbath School Work, 26-29. Os cultos devem ser espiritualizados CES38 36 2 A fim de fazermos a vontade de Deus, precisamos examinar Sua Palavra, pondo nessa tarefa toda capacidade a nós confiada, a fim de conhecermos Sua doutrina. Devemos ser diligentes na oração e fervorosos no serviço simples e sincero para Deus. Os que se empenham como professores da Escola Sabatina devem ter fome e sede da verdade divina para transmitir esse Espírito aos que estão sob seu cuidado, levando-os a buscar a verdade como a tesouros escondidos. Não queremos nossas Escolas Sabatinas dirigidas de maneira a tornar hipócritas os alunos, pois isso não pode promover os interesses da verdadeira religião. Buscai com maior empenho a Deus para que o Espírito do Senhor esteja em vossa escola, pois isso é mais importante do que possuir qualquer tipo de equipamento. Na Escola Sabatina estão fora de lugar as altas pretensões de qualquer espécie e, se o Espírito Santo não abrandar e moldar o coração de professores e alunos, será de pouco valor o funcionamento rotineiro da escola. -- Testimonies on Sabbath School Work, 76. Estudar cada indivíduo CES38 36 3 Em todo verdadeiro ensino é essencial o elemento pessoal. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens individualmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas instruções. Ao honrado rabi, na conferência noturna no Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Sicar, abriu Ele Seus mais ricos CES38 36 4 tesouros; pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impressionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber. Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e sensível olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia. ... CES38 37 1 O mesmo interesse pessoal, a mesma atenção para com o desenvolvimento individual são necessários na obra educativa hoje. Muitos jovens que aparentemente nada prometem, são ricamente dotados de talentos que não aplicam a uso algum. Suas faculdades permanecem ocultas por causa da falta de discernimento por parte de seus educadores. Em muito menino ou menina de aparência tão pouco atraente como a pedra não lavrada, pode-se encontrar precioso material que resista à prova do calor, tempestade e pressão. O verdadeiro educador, conservando em vista aquilo que seus discípulos podem tornar-se, reconhecerá o valor do material com que trabalha. Terá um interesse pessoal em cada um de seus alunos, e procurará desenvolver todas as suas faculdades. Por mais imperfeitos que sejam eles, estimulará neles todo o esforço por conformar-se com os princípios retos. -- Educação, 231, 232. Trabalho pessoal por membros da classe CES38 37 2 Nossos professores devem ser homens e mulheres convertidos, que saibam o que significa lutar com Deus e não descansem até que o coração das crianças CES38 37 3 esteja preparado para amar, louvar e glorificar a Deus. Quem deseja, em nossas Escolas Sabatinas, ser fervoroso obreiro em favor das pessoas? Quem tomará à parte os nossos jovens, falando e orando com eles, fazendo-lhes apelos pessoais, suplicando-lhes que entreguem o coração a Jesus, a fim de serem como cheiro suave para Cristo? Ao contemplarmos a magnitude da obra e ver quão pouco é apreciada, gememos em espírito, exclamando: Quem aceitará essas solenes responsabilidades e vigiará pelas pessoas como quem deve dar conta delas? Somos os representantes de Cristo sobre a Terra. Como cumprimos nossa missão? Os representantes de Cristo estarão em comunhão diária com Ele. Suas palavras serão escolhidas, temperadas com graça, seu coração será cheio de amor, seus esforços para salvar as pessoas por quem Cristo morreu serão sinceros, fervorosos, perseverantes. Que todos façam o melhor que lhes for possível no sentido de trabalhar pela salvação das crianças e jovens, pois em breve ouvirão com alegria as palavras de Jesus: "Bem está, servo bom e fiel. ... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Que é esse gozo? -- É contemplar os santos redimidos, salvos por seu intermédio, mediante o sangue de Jesus Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 15. Visitando lares CES38 38 1 Professores e obreiros de cada departamento da Escola Sabatina, a vós me dirijo no temor de Deus para dizer-vos que, a não ser que tenhais viva união com Ele, permanecendo sempre em Sua presença, em fervorosa oração, não sereis capazes de fazer vosso trabalho com sabedoria celestial, CES38 38 2 conquistando pessoas para Cristo. O que trabalha para Deus deve revestir-se de humildade como de um traje. O Senhor reconhecerá e abençoará o obreiro humilde, cujo espírito seja suscetível de ensino e que tenha reverente amor pela verdade e justiça. Se assim sois, cuidareis de vossos alunos, fazendo esforços especiais para sua salvação. A eles vos unireis em amorável simpatia, visitando-os em seu lar e, ao conversar com eles a respeito de sua experiência nas coisas de Deus, haveis de conhecer-lhes a verdadeira condição e, nos braços da fé, os levareis ao trono do Pai. -- Testimonies on Sabbath School Work, 68, 69. Apascentar os cordeiros CES38 38 3 Em Seu encargo a Pedro, o Salvador primeiramente lhe ordenou: "Apascenta os Meus cordeiros", e depois: "Apascenta as Minhas ovelhas." João 21:15, 16. Dirigindo-Se ao apóstolo, Cristo diz a todos os Seus servos: "Apascenta os Meus cordeiros." João 21:15. Quando Jesus advertiu a Seus discípulos que não desprezassem os pequenos, dirigia-Se a todos os discípulos de todos os séculos. Seu próprio amor e cuidado em favor das crianças é um precioso exemplo para os Seus seguidores. Se os professores da Escola Sabatina sentissem o amor que deveriam sentir por esses cordeiros do rebanho, muitos mais seriam ganhos para o redil de Cristo. Repita-se às crianças em todas as ocasiões oportunas, a história do amor de Jesus. Deixe-se em cada sermão um lugar para benefício delas. O servo de Cristo pode fazer desses pequeninos, amigos duradouros, e suas palavras podem ser-lhes como maçãs de ouro em salvas de prata. -- Testimonies on Sabbath School Work, 113. Não negligencieis as crianças CES38 38 4 Conquanto se tenha feito alguma coisa em favor da educação e preparo religioso da juventude, ainda há uma grande lacuna. Muitos precisam ser animados e ajudados. Não se faz o trabalho pessoal que o caso requer. Não são apenas os ministros que têm negligenciado a solene obra de salvar a juventude; os membros da igreja terão de prestar contas ao Mestre por sua indiferença e negligência do dever. CES38 39 1 O Senhor não é glorificado quando as crianças são negligenciadas e passadas por alto. Elas precisam ser educadas, disciplinadas e pacientemente instruídas. A juventude necessita mais do que um preparo casual, mais do que uma ocasional palavra de animação. Precisam de uma obra acurada, cuidadosa, reforçada pela oração. Unicamente uma pessoa cujo coração se ache cheio de amor e simpatia, será capaz de conquistar esses jovens aparentemente descuidosos e indiferentes. -- Testimonies on Sabbath School Work, 114, 115. O pequeno rebanho CES38 39 2 Os diretores e professores de nossa Escola Sabatina devem orar freqüentemente. Uma palavra dita em ocasião oportuna pode ser como boa semente no espírito dos jovens e, em resultado, guiará pequeninos pés no caminho da justiça. Mas uma palavra errada pode levá-los para o caminho da perdição. -- Testimonies on Sabbath School Work, 112. Reunir as crianças CES38 39 3 Reuni as crianças de lábios balbuciantes, os jovens e os velhos, iniciando-os na tarefa de explicar os mistérios CES38 39 4 que os sábios da Terra não compreendem, apesar de sua fértil imaginação. As valiosas verdades da Palavra de Deus destinam-se aos que são humildes e desejam aprender aos pés do divino Mestre. Regozijando-Se em espírito por esse fato, disse Jesus: "Graças Te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim Te aprouve." Mateus 11:25, 26. CES38 39 5 Não permitais que idéias estreitas vos proscrevam e impeçam os esforços. "O campo é o mundo." Mateus 13:38. As doutrinas verdadeiras são plenamente reveladas em cada página da Palavra de Deus e, não obstante, o inimigo tem poder para cegar a mente dos orgulhosos, de maneira que não entendam as mais claras e simples declarações. Ensine-se a verdade a nossas crianças. Sejam elas armadas com a revelação da Palavra de Deus. Sejam elas capazes de dizer o que está escrito nas Escrituras da verdade. Com lábios tocados pela brasa do altar celestial, fale o pastor as palavras de vida que penetrarão o coração e a mente dos que, embora sábios segundo o mundo, não compreendem a sabedoria que é de cima. CES38 39 6 Deve ser feita, com decidido interesse, a pergunta: "Que é a verdade?" João 18:38. Devemos atender à ordem divina e avançar de uma luz para outra maior. Os soldados de Cristo não podem permanecer quietos, descuidosos e inativos. Devem progredir continuamente. A providência divina guia-nos passo CES38 40 1 a passo no caminho da obediência. Que pais e professores impressionem a mente das crianças com o fato de que o Senhor os está provando nesta vida, para ver se Lhe obedecem com amor e reverência. Os que aqui não forem obedientes a Cristo, também não Lhe obedeceriam no mundo por vir. O Senhor procura prepará-los para as mansões celestiais que Jesus foi preparar para os que O amam. -- Testimonies on Sabbath School Work, 31, 32. A vida religiosa das crianças CES38 40 2 A religião ajuda as crianças a estudar melhor e a fazer trabalho mais fiel. Uma menina de doze anos dava, com simplicidade, a prova de que era cristã. "Eu não gostava de estudar, mas de brincar. Era preguiçosa na escola, e muitas vezes não sabia minhas lições. Agora, para agradar a Deus, aprendo bem cada lição. Quando os professores não me observavam, era peralta e fazia travessuras para entreter as outras crianças. Agora, desejo agradar a Deus comportando-me bem e observando os regulamentos escolares. CES38 40 3 Era egoísta em casa e não gostava de dar recados. Aborrecia-me quando mamãe me chamava de meus brinquedos para ajudá-la no trabalho. Agora, tenho verdadeira alegria em auxiliar mamãe de qualquer modo e mostrar-lhe que eu a amo." Não ensineis as crianças com referência a algum tempo, no futuro, em que elas terão idade bastante para se arrepender e crer na verdade. Quando instruídas de maneira apropriada, crianças muito pequenas poderão ter corretos pontos de vista quanto a seu estado CES38 40 4 como pecadoras e ao caminho da salvação, por meio de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 112. O coração das crianças é muito suscetível CES38 40 5 Os professores da Escola Sabatina precisam andar perante Deus com cuidado e oração. Devem trabalhar como os que têm de prestar contas. É-lhes dada a oportunidade de ganhar pessoas para Cristo, e quanto mais os jovens permanecerem impenitentes, tanto mais resistirão ao Espírito de Deus. Ao passarem-se os anos, é provável que diminua a sensibilidade pelas coisas divinas e seja menor a suscetibilidade às influências religiosas. Diariamente Satanás trabalha para prendê-los nos hábitos de desobediência e no espírito de impenitência, havendo menos probabilidade de que se tornem cristãos. E que contas prestarão, finalmente, os professores indiferentes? Por que há de a timidez moral cegar a mente do professor e torná-lo relutante para desenvolver adequados esforços para a conversão das preciosas crianças e jovens? Por que não deixar o Espírito Santo criar ao redor da pessoa uma atmosfera que afaste a escuridão moral, levando a outros a luz celestial? -- Testimonies on Sabbath School Work, 44, 45. O poder da ternura cristã CES38 41 1 O Senhor Jesus Cristo tem infinita ternura para com os que Ele comprou à custa de Seus próprios sofrimentos na carne, CES38 41 2 a fim de que não perecessem com o diabo e seus anjos, mas pudessem ser por nós reclamados como Seus escolhidos. São eles a reivindicação de Seu amor, de Sua propriedade, e Ele os contempla com inexprimível afeto, dando a fragrância de Sua própria justiça a Seus amados que nEle crêem. É preciso tato e sabedoria, humano amor e santificada afeição pelos preciosos cordeiros do rebanho, a fim de levá-los a ver e apreciar o privilégio de se submeterem à terna guia dos pastores fiéis. Os filhos de Deus exercerão a mansidão de Jesus Cristo. CES38 41 3 O professor pode unir as crianças a seu coração por meio do amor de Cristo, a habitar-lhe o templo da alma como suave fragrância, como cheiro de vida para vida. Pela graça de Cristo, os professores podem ser o vivo instrumento humano -- cooperadores de Deus -- para iluminar, elevar, animar e ajudar a purificar a pessoa de sua contaminação moral. A imagem divina se revelará na alma da criança e o caráter se transformará pela graça de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 87 Recrutamento de obreiros cristãos CES38 41 4 Perante Deus, os professores e alunos cristãos são responsáveis pelos graciosos privilégios de que gozam, pois devem ser Seus cooperadores, dando, à vista do Céu e da Terra, decidido testemunho do poder da salvadora graça divina. A eficiência e influência dos obreiros de Deus serão proporcionais CES38 41 5 à sua elevação moral e pureza. Os verdadeiros professores cristãos hão de discernir a importância das lições da Escola Sabatina, pois seu entendimento estará aberto para compreenderem o evangelho. Sua luz brilhará para os que não têm tido interesse nos preciosos raios da verdade. A porta do coração deve estar aberta para receber a luz que emana da Palavra. Um só estudante cristão, que receba a Palavra de Deus, pode ser o meio de abençoar os colegas. Pode beneficiar a outros se, com paciência, bondade e interesse, estudar a lição com os que não se importam com as coisas divinas, tornando suas instruções simples e definidas. Essa espécie de trabalho exigirá o exercício de sabedoria celestial, para que, de maneira aceitável, o obreiro possa aproximar-se dos mais necessitados, conduzindo-os a Cristo, que lhes satisfará as necessidades da alma. ... CES38 42 1 Quando o jovem se converte, não o deixeis ocioso; dai-lhe alguma coisa para fazer na vinha do Mestre. Empregai-o de acordo com sua capacidade; pois o Senhor deu a cada um a sua obra. Cooperemos com o Senhor em toda linha, pondo em operação todos os expedientes para que se desenvolvam as faculdades dos que se acham ligados à escola. Os habitantes da Terra estão-se alistando sob a bandeira dos dois dirigentes do mundo. Cristo, o Príncipe da vida, e Satanás, príncipe das trevas, estão atraindo ao seu serviço tanto jovens como adultos. CES38 42 2 O trabalho do professor e do aluno cristãos consiste em fazer fervorosos esforços, convidando cada alma a permanecer sob o ensangüentado estandarte do Príncipe Emanuel, a fim de que Suas fileiras aumentem continuamente. -- Testimonies on Sabbath School Work, 50, 51. A Escola Sabatina e o desenvolvimento missionário CES38 42 3 Tem sido provado no campo missionário que, seja qual for o talento da pregação, se a parte de trabalho é negligenciada, se não se ensina o povo como trabalhar, como dirigir reuniões, como desempenhar sua parte no labor missionário, como alcançar com êxito o povo, a obra será mais ou menos um fracasso. Há também muito a ser feito na obra da Escola Sabatina, no que respeita a levar o povo a sentir sua obrigação e fazer sua parte. Deus os chama para que trabalhem para Ele, e os pastores devem guiar-lhe os esforços. -- Testimonies for the Church 5:256. Preparo para trabalho bíblico CES38 42 4 O grande trabalho de abrir a Bíblia de casa em casa, dando estudos bíblicos, proporciona maior importância à obra da Escola Sabatina e torna evidente que os professores devem ser homens e mulheres consagrados, que compreendam as Escrituras e saibam repartir as palavras de verdade. A idéia de dar estudos bíblicos é de origem celestial e abre o caminho para que centenas de moços e moças realizem no campo uma importante obra, que de outra maneira não poderia ser feita. CES38 42 5 A Bíblia não está acorrentada. Pode ser levada a todas as portas, e suas verdades apresentadas à consciência de cada homem. À semelhança do nobre povo de Beréia, muitos, por si mesmos, examinarão diariamente as Escrituras, para ver se estas coisas são assim. "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. Jesus, o Redentor do mundo, ordena aos homens que não só leiam, mas examinem as Escrituras. É-nos confiada essa grande e importante obra, e, se a fizermos, seremos grandemente beneficiados, pois não ficará sem recompensa a obediência às ordens de Cristo. Ele há de coroar com sinais especiais de Seu favor esse ato de lealdade em seguir a luz revelada em Sua Palavra. -- Testimonies on Sabbath School Work, 29, 30. Os cristãos de outras igrejas CES38 43 1 Não torneis secas e desanimadas as lições da Escola Sabatina. Gravai nas mentes que a nossa regra de fé é a Bíblia, e a Bíblia só, e não as palavras e os feitos humanos. As crianças devem apreender uma grande lição, isto é, que precisam libertar-se de cada partícula de egoísmo e hipocrisia. Ensinai-lhes que Cristo morreu para salvar os pecadores e que devemos trabalhar com grande ternura e paciência pelos que não são de nossa fé, pois essas pessoas são preciosas à vista de Deus. CES38 43 2 Ninguém deve ser tratado com desprezo. Não deve existir farisaísmo nem justiça própria. CES38 43 3 Entramos em contato com muitos cristãos verdadeiros que não são de nossa fé, mas que vivem de acordo com a melhor luz que possuem. Esses desfrutam de maior favor de Deus do que os que têm mais luz, mas não progridem pela prática de obras correspondentes. Espírito de tolerância CES38 43 4 Uma vez os discípulos encontraram um homem que fazia uma obra em nome de Cristo. Relatando o caso a Jesus, disse João: "Nós lho proibimos, porque não nos segue." Marcos 9:38. Jesus, porém, o repreendeu e disse a Seus seguidores: "Quem não é contra nós é por nós." Marcos 9:40. CES38 43 5 O Caminho, a Verdade e a Vida se revelarão claramente nas palavras, espírito e comportamento dos que crêem em Jesus e dEle aprendem. Pais e professores devem manifestar o mais terno interesse e simpatia pelos que não crêem na verdade. Não devem nunca, por palavras ou obras, ferir uma alma comprada pelo sangue de Cristo. Se os mais velhos se mostram frios e severos, as crianças manifestarão o mesmo espírito e seu caráter não será moldado segundo o modelo divino. É preciso educar pacientemente as crianças e os jovens a reconhecerem que Deus quer que sejam missionários, que não devem ser egoístas, mesquinhos e hipócritas, mas amplos nas idéias e simpatias. Se todos CES38 44 1 trabalharem em amor, manifestando cortesia cristã, serão ganhadores de pessoas e apresentarão ao Mestre preciosos molhos. Buscar padrão mais elevado CES38 44 2 Uma coisa é certa: tanto na igreja como na Escola Sabatina, existe muito pouco espírito de amor entre os adventistas do sétimo dia. Obreiros e alunos têm um alvo muito baixo. Todos precisam ter mais amplas, elevadas e santas aspirações e respirar uma atmosfera mais pura. De nossas Escolas Sabatinas devem sair moços e moças que se tornem missionários de Deus. Necessitam receber a melhor instrução e preparo religioso. Precisam daquela virtude que vem de Deus, juntamente com o conhecimento que os qualificará para cargos difíceis e de responsabilidade. O crescimento intelectual deve ser tão notável como o desenvolvimento das forças físicas. O jovem deve sentir a necessidade de ser forte e competente, tanto intelectual como espiritualmente. Muitos falham em adquirir esse poder, não porque lhes falte a capacidade, mas por não se dedicarem com resoluto e diligente esforço. Devem aproveitar o máximo possível suas oportunidades, a fim de serem capazes de levar os encargos e partilhar das responsabilidades dos que estão cansados e sobrecarregados. A mais importante obra missionária é preparar obreiros que, no campo, preguem o evangelho a toda criatura. -- Testimonies on Sabbath School Work, 32-34. ------------------------Capítulo 4 -- O professor e sua obra A mais elevada de todas as ciências CES38 44 3 Apresentar em cada esforço missionário a Jesus Cristo, e Este crucificado, significa muito mais do que as mentes finitas podem compreender. "Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados." Isaías 53:5. "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus." 2 Coríntios 5:21. Esta deve ser a preocupação de nossa obra. Se alguém se julga capaz de ensinar na Escola Sabatina, ou na Escola Primária, a ciência da educação, necessita primeiro aprender o temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria, para que possa ensinar esta ciência, a mais elevada de todas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 272. Escolha de professores CES38 45 1 A instrução dada aos jovens e às crianças não deve ser de caráter superficial. Os professores, como defensores da verdade, devem fazer todo o possível para elevar a norma. Não pode haver coisa pior para vossa Escola Sabatina CES38 45 2 do que colocar como obreiros moços e moças que tenham demonstrado falhas na experiência religiosa. ... Não deveis baixar o padrão em vossas Escolas Sabatinas. Vossas crianças devem ter professores, cujo exemplo e influência sejam uma bênção em vez de maldição. Devem constantemente ter diante de si um elevado sentimento da virtude, pureza e santidade que caracterizam a vida cristã. Suas idéias nesse ponto não devem ser confusas; ninguém proceda imprudente ou ignorantemente nessas questões. Não animeis, por meio da voz ou da pena, homens e mulheres que não tenham valor moral, cuja vida passada demonstre falta de consciência e integridade. Podem ser perspicazes, engenhosos e inteligentes; mas se o coração não está imbuído do Espírito de Deus, se não possuem integridade de caráter, sua influência tenderá a ser terrena em vez de celestial e será prejudicial onde quer que estejam e o que quer que façam. CES38 45 3 Temos grande necessidade de homens e mulheres que sintam o pecado e odeiem a iniqüidade; que tenham visão espiritual para discernir as necessidades da causa de Deus e, escondendo-se em Jesus, trabalhem com abnegado e consagrado interesse. Precisamos de jovens que Deus possa aprovar, que tenham piedade prática e espírito pronto para sentir e prevenir o perigo; homens e mulheres que não se exaltem a si mesmos nem procurem ocultar a deformidade da alma sob o manto da piedade; que sintam sua fraqueza e imperfeições de caráter e cuja CES38 45 4 desajudada alma esteja unida a Jesus Cristo. Os que confiam em si mesmos, julgando que sua conduta está acima de críticas, apresentarão trabalho muito imperfeito. Declarou o apóstolo: "Quando estou fraco, então, sou forte." 2 Coríntios 12:10. Reconhecendo sua fraqueza, apegou-se, pela fé, a Jesus Cristo e Sua graça. ... CES38 45 5 Todo obreiro da Escola Sabatina que, pela transformadora graça de Cristo, passou da morte para a vida, revelará, em seu próprio coração, a profunda operação do Espírito de Deus. São servos infiéis os que tentam dirigir outros, tendo a pretensão de guiar pessoas no caminho da santidade, enquanto sua própria vida revela o orgulho, o amor dos prazeres e da ostentação. Sua vida não está de acordo com sua profissão; sua influência é uma ofensa a Deus. Precisam de uma conversão perfeita. Têm o coração tão cheio de coisas vis que não há lugar para a verdade que eleva e enobrece. O templo da alma precisa ser purificado, pois é Satanás e não Cristo que lhes habita no coração. CES38 46 1 É essencial que se tome cuidado ao colocar homens e mulheres em cargos de confiança. Deveis saber algo referente à sua vida passada e ao caráter que têm desenvolvido. É preferível duplicar as classes sob a direção de obreiros tementes a Deus do que multiplicar professores, cuja influência não esteja de acordo com o santo caráter da verdade que professamos, pois essa influência será desmoralizadora. -- Testimonies on Sabbath School Work, 22-26. Habilitações essenciais CES38 46 2 Aqueles cujo dever é escolher professores, devem ser prudentes, não insistindo a que entrem para a escola os que não sejam aptos a exercer boa influência. Qual é o comportamento do professor? É pontual? É asseado? Essas qualidades merecem atenção, pois são essenciais ao professor. Como pode ele exigir da classe esses requisitos necessários, a menos que ela tenha um exemplo de pontualidade, asseio, compostura e ordem? Se o professor não está em seu lugar e a classe é deixada a recrear-se, se ele chega atrasado, entrando apressado e ofegante, essa influência conduz à desordem e falta de pontualidade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 95, 96. Mente equilibrada, caráter simétrico CES38 46 3 Mentes equilibradas e caracteres simétricos requerem-se como ensinadores em todos os ramos. Não confieis esta obra às mãos de moços e moças que não sabem como tratar com as mentes humanas. Tão pouco sabem eles do poder controlador da graça sobre seu próprio coração e caráter, que precisam desaprender e aprender inteiramente novas lições da experiência cristã. Jamais aprenderam a manter sua própria alma e caráter sob a disciplina de Jesus Cristo e levar-Lhe cativos os pensamentos. CES38 46 4 No trato com crianças e jovens deparam-se todas as espécies de caracteres. ... Muitas dessas crianças não tiveram no CES38 46 5 lar o necessário cultivo. Foram lamentavelmente negligenciadas. Algumas foram deixadas a fazer o que bem entendiam; outras foram censuradas e desencorajadas. Pouca delicadeza, porém, e boa disposição têm sido mostradas para com elas, e apenas poucas palavras de aprovação se lhes têm dito. Herdaram o caráter defeituoso dos pais, e a disciplina aplicada por esses caracteres defeituosos foi repreensível na formação do caráter. Não se tem colocado na construção do caráter material sólido. CES38 47 1 Não há obra mais importante a fazer do que a educação e cultivo desses jovens e crianças. Os mestres que trabalham nesta parte da vinha do Senhor precisam aprender primeiro como se tornarem senhores de si, mantendo sob controle seu próprio gênio e sentimentos, em sujeição ao Santo Espírito de Deus. Devem apresentar a evidência de não possuírem uma experiência unilateral, porém, mente bem equilibrada e caráter de tal maneira simétrico que neles se possa confiar, por serem cristãos conscienciosos e estarem eles próprios debaixo da orientação do Grande Professor. -- Fundamentos da Educação Cristã, 266, 267. Vestuário e comportamento CES38 47 2 Todo professor da Escola Sabatina deve ser um seguidor de Cristo, e os que não se identificarem como Seus discípulos, mostrando por uma vida coerente que são cristãos, não devem ser convidados para serem professores da Escola Sabatina, pois têm necessidade de que alguém lhes ensine primeiro os CES38 47 3 princípios fundamentais do amor e do temor de Deus. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podereis fazer." João 15:5. Assim, quanto valor teria o ensino de quem, por experiência pessoal, nada soubesse do poder de Cristo? Seria grande incoerência convidar tal pessoa para dirigir uma classe na Escola Sabatina; mas é ainda pior permitir que uma classe esteja sob a influência de um professor cujo vestuário e comportamento neguem o Salvador, a quem professa servir. CES38 47 4 Os que ensinam na Escola Sabatina devem ter o coração aquecido e fortalecido pela verdade de Deus, sendo não somente ouvintes, mas também cumpridores da Palavra. Devem alimentar-se de Cristo como os ramos se nutrem da videira. O orvalho da graça celestial deve cair sobre eles, para que seu coração seja como preciosas plantas, cujos botões se abram e desenvolvam, espalhando ao redor suave perfume, como flores no jardim de Deus. Os professores devem estudar diligentemente a Palavra de Deus, revelando sempre o fato de que estão diariamente aprendendo na escola de Cristo e são capazes de comunicar a outros a luz que receberam dAquele que é o grande Mestre, a Luz do mundo. CES38 47 5 Os professores devem sentir sua responsabilidade, aproveitando toda ocasião para prestar o melhor serviço, de maneira que o resultado seja a salvação de pessoas. Tanto professores como alunos devem estar atentos à importância de manifestar diligência e perseverança no estudo da Palavra de Deus. Devem estar constantemente com Ele, a fim CES38 48 1 de poderem resistir com êxito à indolência e apatia e não serem vencidos por pequenas tentações. Os que professam ser obreiros cristãos não devem ser ociosos ou condescendentes consigo mesmos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 54, 55. Representante da religião verdadeira CES38 48 2 O obreiro da Escola Sabatina, verdadeiramente convertido, não será moldado segundo os costumes e práticas mundanos, mas permanecerá em independência moral. Seu exemplo estará de acordo com sua profissão, mantendo-se ele separado do espírito e das modas do mundo. Não se desviará de maneira alguma de seu firme propósito de ser um com Cristo, nem cederá um jota de sua atitude de fidelidade a Deus, em oposição ao orgulho, à condescendência com entretenimentos egoístas, ao dispêndio de meios para satisfazer à inclinação ou ao amor da ostentação, mas será um exemplo no espírito, comportamento e vestuário. CES38 48 3 Obreiro da Escola Sabatina, queres satisfazer à norma de Cristo ou à do mundo? Oh, queres dizer: "Tomarei a cruz e seguirei a Cristo"? Não queres cultivar Sua ternura em persuadir, Seu fervor em exortar, exemplificando e exaltando os princípios da verdade, manifestando na vida e no caráter o que a religião de Cristo tem feito por ti? Não atenderemos todos nós à exortação do apóstolo: "Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências"? Romanos 13:14. CES38 48 4 Há necessidade de apresentar à juventude a verdadeira CES38 48 5 religião, que se provará um poder vital, uma influência que tudo penetra. De uma íntima devoção, surgirão alegria, vivacidade e contínuo crescimento e é essa a religião que a juventude deve contemplar, se deve ser levada a Cristo. Essa espécie de religião deixará nas pessoas seu divino cunho e, pela refrigerante graça de Deus, o que a possui se renovará tanto mental como fisicamente. CES38 48 6 Experimentai durante um ano, educadores e professores de nossas Escolas Sabatinas e diárias, e vede se não sois capazes de dizer: "O Senhor operou maravilhosamente em nosso favor, pois muitas pessoas foram trazidas para o Mestre, como preciosos molhos para o celeiro celestial." -- Testimonies on Sabbath School Work, 44, 45. Exame próprio CES38 48 7 O Senhor deseja que os professores de nossas Escolas Sabatinas se examinem para ver se estão ou não no amor de Deus. Na vida de todos os que trabalham na causa divina, virão provações da parte de Deus, para provar o caráter. Os professores devem aprender constantemente e procurar mais completo entendimento, um juízo correto nas coisas de Deus. Há perigo de que os professores, tornando-se tão cheios de confiança e estima próprias que não compreendam as próprias deficiências, tenham idéias estreitas e não se alarguem nem expandam. Não se tornam mais capazes, mas cada vez mais cheios de si. Não têm a Jesus no coração e na CES38 49 1 experiência. O professor deve cultivar suas faculdades, sua voz, a fim de falar distintamente, articulando inteligentemente as palavras. Deve cultivar as faculdades mentais, em vez de deixá-las tão fracas e confusas que não possa explicar ou compreender as doutrinas de nossa fé. Não é apto para a grande e solene obra o professor que não tiver sincera piedade, pureza, abnegação e não for pronto para suportar decepções. É dever do professor testar suas faculdades, seu próprio espírito e, mediante íntimo exame, compreender sua verdadeira posição diante de Deus. ... O exemplo do professor CES38 49 2 Se não estiver plenamente qualificada, mas sentir sua responsabilidade, a pessoa que deverá aceitar o cargo de professor fará o máximo possível para aprender. Cultivará a reverência, jovialidade e firmeza. Seja o comportamento de molde a educar a classe a ter pensamentos solenes a respeito de Deus e a reverenciá-Lo. Ao falar de Deus, de Cristo, Seus sofrimentos, Sua ressurreição, como sendo realidade para vós, conquanto as idéias possam ser apresentadas com simplicidade, a linguagem deve elevar a mente muito acima das coisas terrenas, fazendo-lhe sentir que está na presença do infinito Deus. CES38 49 3 A Escola Sabatina não é lugar para os que tocam levemente a superfície e, num espírito de leviandade, falam fluentemente acerca de eternas e difíceis verdades, mais elevadas que os céus e mais vastas que os mundos. CES38 49 4 O comportamento da classe representará o caráter do professor no exemplo que eles têm perante si. Se são rudes e irreverentes, e continuam a sê-lo, há para isso uma causa, e o assunto deve ser examinado. Reverente mas alegre CES38 49 5 O professor pode ser reverente, e todavia alegre. E, em vez de ser falador, deve examinar as coisas profundas de Deus. Qualquer simulação não será natural. Que a classe receba a impressão de que a religião é uma realidade desejável, pois traz paz, descanso e felicidade. Não receba vossa classe a impressão de que a religião consiste num caráter frio e antipático. Que a paz e glória da presença interior de Cristo façam que o rosto revele Seu amor, e os lábios exprimam gratidão e louvor. CES38 50 1 Os que têm o hábito de comungar com Deus, refletirão no semblante Sua luz. As crianças odeiam as sombrias nuvens de tristeza. Seu coração corresponde à vivacidade, alegria e amor. Conquanto firme e decidido, não deve o professor ser severo, exigente e ditatorial. Precisa de uma autoridade dignificada; ao contrário lhe faltará a habilidade que o torne um professor de êxito. As crianças discernem prontamente qualquer fraqueza ou defeito de caráter do professor. O comportamento faz sua impressão. As palavras que pronunciais não as moldarão devidamente, a menos que vejam em vosso caráter o modelo. Mais, muito mais que todos os vossos ensinos e lições freqüentemente repetidas, fará o correto caráter cristão, exemplificado na vida diária, CES38 50 2 uma grande obra na edificação do caráter de vossa classe. Deus por tal forma nos relacionou individualmente com a grande teia da humanidade, que inconscientemente contraímos dos outros, com quem estamos em contato, suas maneiras, práticas e hábitos. E não permita Deus que o menor de um desses pequeninos seja deixado a desviar-se do caminho feito para que os remidos do Senhor andem nele. Possua o professor tal piedade prática que o caráter e amor de Jesus sejam nele revelados. CES38 50 3 A Escola Sabatina não é um lugar de entretenimento para recrear e divertir as crianças, embora possa ser tudo isso, quando devidamente dirigida; mas é o lugar onde crianças e jovens são educados, onde a Bíblia é aberta ao entendimento, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. É o lugar onde a luz da verdade deve ser comunicada. Nem todos os que ensinam em nossas Escolas Sabatinas se qualificam para esse trabalho. Todo professor deve reconhecer que precisa saber mais; precisa estar mais familiarizado com aqueles com quem tem de tratar e com os melhores métodos de comunicar o conhecimento; e depois de ter feito o melhor que lhe for possível, deve reconhecer que ficou muito aquém. -- Testimonies on Sabbath School Work, 95-98. A influência do professor CES38 50 4 Nosso caráter e experiência determinam nossa influência sobre outros. A fim de convencer a outros do poder da graça de Cristo, é preciso que, CES38 50 5 em nosso coração e vida, conheçamos esse poder. O evangelho que apresentamos para a salvação de pessoas, deve ser o mesmo pelo qual somos salvos. Unicamente mediante fé viva em Cristo como um Salvador pessoal, é possível fazermos sentir nossa influência num mundo cético. Se queremos salvar pecadores da impetuosa corrente, devemos ter os pés firmados na Rocha, Cristo Jesus. CES38 51 1 O estandarte do cristianismo não é um sinal exterior ou o uso de uma cruz ou coroa, mas é aquilo que revela a união do homem com Deus. Pelo poder de Sua graça manifestada na transformação do caráter, deve o mundo convencer-se de que Deus enviou Seu Filho para ser seu Redentor. Nenhuma outra influência que circunda o ser humano tem tanto poder como a de uma vida abnegada. O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão afetuoso e amável. -- Testimonies on Sabbath School Work, 115, 116. Paciência com os apostatados CES38 51 2 Lembrai-vos de que não podeis ler o coração. Não conheceis os motivos que determinaram as ações que vos parecem errôneas. Há muitos que não receberam a devida educação; seu caráter está deturpado, são ásperos e insensíveis, parecendo maus em todo sentido. Mas a graça de Cristo pode transformá-los. Nunca deveis pô-los de lado ou levá-los ao desânimo ou desespero, dizendo: "Você me decepcionou e não o ajudarei mais." Umas poucas palavras ditas precipitadamente sob provocação -- justamente aquilo que CES38 51 3 pensamos que eles merecem -- podem romper os laços de influência que ligariam seu coração ao nosso. CES38 51 4 A vida coerente, a paciente moderação, o espírito calmo sob provocação é sempre o mais conclusivo argumento e o mais solene apelo. Se tendes tido oportunidades e vantagens que não têm redundado em benefício de outros, considerai isso e sede sempre um professor sábio, cuidadoso e delicado. CES38 51 5 A fim de que o lacre tenha uma impressão clara e forte do sinete, não atirais este sobre aquele de maneira precipitada e violenta; cuidadosamente o colocais no lacre plástico e, com calma e firmeza, o apertais até que se tenha endurecido a massa. Tratai de igual modo com os seres humanos. A continuidade da influência cristã é o segredo de seu poder, e isso depende da firmeza com que manifestais o caráter de Cristo. Ajudai os que cometeram faltas, relatando-lhes vossas experiências. Mostrai como, ao cometerdes erros graves, a paciência, bondade e auxílio de vossos coobreiros vos deram ânimo e esperança. CES38 51 6 Até ao dia do juízo, nunca sabereis qual a influência da bondosa e considerada conduta para com o incoerente, o irrazoável, o indigno. Quando se nos deparam ingratidão e traição de sagrados encargos, erguemo-nos para mostrar desprezo ou indignação. Isso, justamente, é o que o culpado espera, e está preparado para tal. Mas a bondosa moderação o apanha de surpresa, despertando-lhe muitas vezes os melhores impulsos e o desejo de uma vida mais nobre. -- Testimonies on Sabbath School Work, 116, 117. Tolerância para com os outros CES38 52 1 Todas as relações da vida pedem o exercício do domínio próprio, da paciência e simpatia. Nós diferimos tanto em disposição, hábitos, educação, que variam nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diversamente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias quanto à conduta na vida, não são idênticas em todos os aspectos. Não há duas pessoas cuja experiência seja a mesma em todos os particulares. As provações de uma não são as da outra. Os deveres que uma pessoa acha leves, são para outra os mais difíceis e embaraçosos. CES38 52 2 Tão frágil, tão ignorante, tão sujeita a errôneas concepções é a natureza humana, que cada indivíduo deve ter cuidado em sua maneira de apreciar os outros. O que dizemos e fazemos pode parecer-nos de pouco importância, ao passo que, se nos fossem abertos os olhos, poderíamos ver que disso dependiam importantíssimos resultados para o bem ou para o mal. -- Testimonies on Sabbath School Work, 117. Aperfeiçoamento próprio CES38 52 3 Visto que há tanta leviandade de caráter, tanta impureza ao redor da juventude, mais necessidade há de que as palavras, atitudes e procedimentos do professor representem o que é elevado e verdadeiro. As crianças estão prontas para descobrirem o fingimento, ou qualquer outra fraqueza ou defeito. O professor não poderá impor-se ao respeito de seus discípulos de nenhuma outra maneira a não ser revelando em seu próprio caráter os princípios que ele procura ensinar-lhe. ... CES38 52 4 A utilidade do professor não depende, porém, tanto das aquisições intelectuais que possua, como da norma que ele tenha por objetivo. O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos estreitos, espírito indolente ou memória inculta. Procura constantemente consecuções mais elevadas e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento. No trabalho de um professor nestas condições, há um frescor e poder vivificador que despertam e inspiram seus discípulos. ... CES38 52 5 Precisam-se professores que sejam rápidos no discernir e aproveitar toda oportunidade para fazer o bem; professores que combinem a verdadeira dignidade com entusiasmo; que sejam capazes de dirigir e "aptos para ensinar" (1 Timóteo 3:2); que possam inspirar pensamentos, despertar energias e comunicar ânimo e vida. CES38 53 1 As vantagens de um professor podem ter sido limitadas, de modo que ele poderá não possuir habilitações literárias tão elevadas como se poderia desejar. Todavia, se ele tem um conhecimento profundo da natureza humana; se tem um genuíno amor por sua obra, apreciação de sua grandeza e decisão de se aperfeiçoar; se ele está disposto a trabalhar fervorosamente, perseverantemente, compreenderá as necessidades de seus discípulos, e pelo seu espírito de simpatia e progresso inspirá-los-á a prosseguir, procurando guiá-los avante e para cima. CES38 53 2 As crianças e jovens sob os cuidados do professor diferem largamente em disposição, hábitos e educação. Alguns não têm nenhum propósito definido ou princípios fixos. Precisam ser despertados para as suas responsabilidades e possibilidades. ... CES38 53 3 Aquele que enxerga as oportunidades e privilégios CES38 53 4 de sua obra não permitirá que coisa alguma impeça o caminho para os ardorosos esforços no sentido do aperfeiçoamento próprio. Não poupará esforços a fim de atingir a mais elevada norma de excelência. Tudo que ele deseja que seus discípulos se tornem, ele mesmo se esforçará por ser. -- Testimonies on Sabbath School Work, 118, 119. Professores mais habilitados CES38 53 5 Precisamos de professores consagrados, que amem a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. O Senhor tomou amplas providências para que, sábado após sábado, os professores aumentem sua capacidade, a fim de ensinar com um propósito em vista, trabalhando para o tempo e a eternidade. A fim de comunicarmos aos outros as preciosas lições ensinadas por Cristo, necessitamos, em nossas escolas, de moços e moças possuidores, não de uma experiência superficial, mas de verdadeira e profunda piedade interior, obtida diariamente na escola de Cristo. CES38 53 6 Os que se satisfazem com seguir certa ordem inflexível, jamais variando, perderão o alvo e deixarão de fazer a obra destinada ao professor da Escola Sabatina; mas serão colaboradores de Deus os que se empenham nesse importante ramo da causa divina, fazendo no temor de Deus a obra por Ele designada e trabalhando com amor, pelas pessoas por quem Cristo morreu. ... Os professores devem ser exemplares CES38 53 7 No espírito, comportamento e vestuário, devem os professores ser um digno exemplo aos jovens. Seu traje deve ser CES38 53 8 simples e modesto e seu espírito tão humilde como o de uma criança, mas puro e elevado, pois estão na presença de Deus, para representar aos alunos o caráter de Cristo. Com devoção e ternura, devem ensinar aos que lhe forem confiados, lembrando-se das palavras de Jesus: "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus." Mateus 18:10. ... CES38 54 1 Se os professores sempre tivessem em mente que é o Espírito Santo que revela à pessoa vislumbres das coisas celestiais e que, ao trabalhar no espírito de Cristo, esse agente celestial está impressionando a mente com a divina verdade; se compreendessem que os rodeiam anjos e que pisam em terra santa, seria muito mais eficiente o trabalho feito em nossas Escolas Sabatinas. Os professores não seriam destituídos de graça e poder espirituais, pois teriam a intuição da presença divina e compreenderiam que são apenas os instrumentos humanos por cujo intermédio Cristo comunica luz celestial. Seu labor seria animado de fervor e poder, e saberiam que o Espírito os ajuda em suas fraquezas. -- Testimonies on Sabbath School Work, 41-43. Cristo é o modelo, não o homem CES38 54 2 Não deve o professor da Escola Sabatina seguir o exemplo dos que não crescem no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, embora CES38 54 3 esse exemplo seja dado pelos que ministram no santo púlpito. Os que desejam ser aceitos como coobreiros de Deus não devem imitar o tom, maneiras ou idéias de qualquer outro homem. Devem aprender de Deus e ser dotados de sabedoria celestial. Deus deu o dom da razão e do intelecto a um obreiro como a outro e, de acordo com vossa capacidade, deveis negociar com vossos talentos. O Senhor não quer que nenhum obreiro seja a simples sombra de outro a quem admira. O professor deve crescer até à estatura de Cristo e não até à de um finito e falível mortal. Deveis "crescer na graça" (2 Pedro 3:18), e onde se encontra ela? Só em Cristo, o modelo divino. CES38 54 4 Que todos contemplem a Jesus e O imitem. Que todo obreiro exercite o máximo possível suas faculdades para trabalhar em harmonia com o plano de Deus. Aprenda ele na escola de Cristo, para poder ser sábio em instruir a outros. Os que, na Escola Sabatina, estão entregues ao cuidado do professor, necessitam da sabedoria e experiência que Deus pode dar ao seguidor de Cristo. Aprenda o professor a mansidão e humildade de coração reveladas em Cristo, a fim de ser um verdadeiro mestre e conquistar seus alunos para Cristo, para que eles, por sua vez, se tornem fiéis missionários na grande seara. -- Testimonies on Sabbath School Work, 76, 77. Amor, o poder que constrange CES38 55 1 Há muito pouca simpatia no trabalho em favor das pessoas. Não existe aquele poder de suplicar, convidar e atrair, CES38 55 2 o qual Deus exige que exerçamos, a fim de pessoas serem reconciliadas com Ele. Se ensinarmos a verdade como é em Jesus, a religião não será considerada coisa enfadonha, mas deleite. Coloquem os professores, em seu trabalho, alegria, gratidão e a alma cheia de ternura e compaixão à semelhança de Cristo, e imbuam o coração dos alunos com o espírito de abnegado amor, pois é esse espírito que enche o Céu. Não deixarão os professores da Escola Sabatina todo orgulho e amor-próprio, tornando-se sinceros e fervorosos cumpridores da Palavra? "Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências." Romanos 13:14. A fé genuína confia em Cristo, com implícita submissão, consentindo em segui-Lo aonde quer que Ele vá. Quando isto se cumpre, em resultado de bem dirigidos esforços, muitas pessoas serão levadas ao Mestre como preciosos molhos. CES38 55 3 Desde seus mais tenros anos, devem os pais e professores procurar impressionar a mente das crianças com a importância da salvação. Devem ensinar-lhes que Deus é seu Pai celestial e que Seu amor por elas se manifesta no dom de Seu unigênito Filho, e que, ao vir a este mundo para morrer a fim de que pudéssemos viver, revelou o Salvador do mundo Seu amor por elas. Quando apresentadas em amor e ternura, deixarão essas lições, duradoura impressão na mente e coração da juventude. Como as imagens e objetos se refletem ao espelho, quando revelados pela luz do Sol, assim esses CES38 55 4 temas se refletirão na mente, quando iluminados pelo amor de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 100, 101. Simplicidade e simpatia CES38 55 5 Que importantes lições serão dadas às crianças e aos jovens, ao abrirmos as Escrituras com a simplicidade de Cristo! Que o professor deixe em casa todos os termos difíceis e elevados, tomando apenas as palavras mais simples, que sejam prontamente apreendidas pela mente juvenil. CES38 55 6 Mas para sermos professores de êxito, não só devem ser simples os métodos de ensino, mas também devemos levar à Escola Sabatina simpatia e amor. As crianças reconhecerão esse elemento e por ele serão influenciadas. Homens e mulheres são apenas crianças grandes. Não correspondemos nós a palavras e olhares de verdadeiro amor e simpatia? Jesus, o divino Mestre, certificou os discípulos de Seu amor por eles. Assumiu a natureza humana com o único propósito de patentear aos homens a misericórdia, o amor e a bondade de Deus ao prover salvação e felicidade a Suas criaturas. Foi para isso que Ele morreu. Ao pronunciar Suas mais ternas palavras de simpatia, regozijava-se no pensamento de que pretendia fazer tudo "muito mais abundantemente" (Efésios 3:20) do que os discípulos seriam capazes de pedir ou pensar. Mostrava-lhes diariamente, em obras de misericórdia, quão grandes eram Sua ternura e amor pela raça caída. CES38 56 1 Seu coração era um manancial de inesgotável compaixão onde a alma sequiosa podia suprir-se com a água da vida. CES38 56 2 Quando Jesus falava, o povo se maravilhava de Sua doutrina, pois ensinava-os como tendo autoridade e não como os escribas, que se haviam esforçado por estabelecer e sustentar suas teorias, procurando manter sua influência sobre o povo por meio de interminável repetição de fábulas e infantis tradições. O mais elevado padrão de instrução pública consistia, em grande parte, na repetição de frívolas opiniões e de cerimônias sem significação. De maneira mais simples e compreensível, o ensino de Jesus inculcava as idéias mais convincentes e as mais sublimes verdades, e "a grande multidão O ouvia de boa vontade". Marcos 12:37. É essa a espécie de instrução a ser dada em nossas Escolas Sabatinas. A luz celestial deve refletir de Jesus, o maravilhoso Mestre, iluminando a alma das crianças e jovens com a divina glória de Seu amor e caráter. Assim, em bela simplicidade, podem as crianças ser levadas ao "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. -- Testimonies on Sabbath School Work, 39, 40. Novos temas a serem apresentados CES38 56 3 A alma deve ser como uma casa do tesouro, cheia de ricas e proveitosas provisões. No púlpito, na Escola Sabatina, na reunião de oração e na sociedade, devemos ter novos temas para iluminar a outros. Devemos seguir o exemplo de CES38 56 4 Jesus, o Mestre perfeito. Ele educava homens revelando-lhes o caráter do Deus vivo. Disse Ele: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. É este o importante assunto a ser gravado na ente dos jovens, pois precisam conhecer o caráter paternal de Deus, a fim de serem induzidos a subordinar os interesses temporais aos eternos. Ao contemplarem o caráter de Deus, ser-lhes-á criado no coração um intenso desejo de transmitir a outros a beleza e poder da verdade. O poder transformador da religião CES38 56 5 Oh, que todo homem, mulher e criança, que trata com mentes humanas, tenha a verdade entrelaçada na alma, revelando-a em espírito, palavra, caráter e ação! Pelo poder santificador da verdade, os que ensinam na Escola Sabatina ou ocupam um cargo em nossas instituições, devem ser levados a ter tal experiência que possam declarar: "Eu sei em quem tenho crido." 2 Timóteo 1:12. Há, na religião de Jesus Cristo, um poder transformador e, para que nos tornemos a luz do mundo, deve esse poder ser visto em nós, em forma de muito mais humildade, mais fervor e fé viva. O eu deve ser humilhado e Cristo, exaltado. Por que se exaltam tão facilmente aqueles a quem Deus confiou algum trabalho na Sua vinha moral? Perguntas que tocam o coração CES38 57 1 Por que pensam muitos que um cargo de responsabilidade exalta o homem? Por que se tornam tão orgulhosos, quando são inteiramente dependentes do Sacrifício expiatório? Por que existe em alguns tanta falta de ternura, tão pouco serviço amorável? É porque os orgulhosos não caíram sobre a Rocha, despedaçando-se. É por isso que há tão pouca confiança em Deus, tão pouco fervor e contrito arrependimento, tão grande falta de fervente oração. Perguntem-se todos os professores: "Recebi eu o Espírito Santo depois de haver crido? Recebi eu a Cristo como meu Salvador pessoal?" Sejam essas perguntas solenemente respondidas. Cada momento vale ouro CES38 57 2 Se forem cristãos os que se empenham na obra de Deus, esse fato se revelará em seu trabalho. Apresentarão Cristo às pessoas com quem entrarem em contato. Os professores da Escola Sabatina não ocuparão o tempo com assuntos sem importância, pois compreenderão que cada momento é de ouro e deve ser empregado em diligente trabalho na vinha do Mestre. A obra de Cristo no santuário celestial, apresentando a cada momento Seu próprio sangue perante o propiciatório, ao interceder por nós, deve impressionar-nos o coração para que compreendamos o valor de cada momento. Jesus vive sempre para interceder por nós, mas um momento gasto descuidadamente nunca poderá ser recuperado. CES38 57 3 Considerem professores e alunos o grande fato de que Cristo nunca cessa Sua solene obra no santuário celestial e, se levarem Seu jugo, empenhar-se-ão em trabalho idêntico ao de sua Cabeça viva. -- Testimonies on Sabbath School Work, 85, 86. O semblante demonstra o caráter CES38 58 1 Os professores das diferentes classes devem ter no coração a cada criança, vigiando-a com especial cuidado. CES38 58 2 É impossível fazer esse trabalho para o tempo e a eternidade, a menos que o professor mantenha íntima comunhão com Deus. Disse Jesus: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. Não animeis uma maneira superficial de pesquisar a verdade. Tornai, à mente das crianças, claro e distinto cada ponto da verdade. Não lhes amontoeis no espírito, de uma vez, uma acumulada soma de assuntos. A preciosa Palavra de Deus lhes é uma lâmpada para o caminho e uma luz para os pés. Gravai-lhes no coração que é seu privilégio andar na luz. É o caminho da paz, da pureza, da santidade, que deve ser seguido pelos redimidos do Senhor. Nesse caminho, Cristo é o Guia, o verdadeiro Pastor; seguindo-O, evitarão os atalhos e perigosos abismos. CES38 58 3 Na palavra de Deus, aprendem elas que todos os que entrarão no Céu devem ter um caráter perfeito, a fim de encontrarem o Senhor em paz. Muitas crianças CES38 58 4 e jovens têm o caráter impresso no semblante. Apresentam nos traços fisionômicos a história de sua vida. Os verdadeiros obreiros devem imprimir no espírito das crianças um belo e puro caráter, semelhante ao de Cristo, o qual lhes transformará a fisionomia. Se Cristo for o princípio permanente do coração, a pureza, o enobrecimento, a paz e amor se estamparão nas feições. Outros semblantes apresentam os sinais de um mau caráter; egoísmo, astúcia, engano, falsidade, inimizade e ciúme acham-se neles expressos. Quão difícil é que a verdade transforme o coração e a fisionomia de tais caracteres! Cultivo do caráter CES38 58 5 Precisamos agora dar especial atenção ao cultivo do caráter. Haja em vós o mesmo espírito que houve em Cristo Jesus, a fim de que tanto o maior como o menor obreiro de nossas Escolas Sabatinas sejam elevados e enobrecidos, de maneira que Jesus não Se envergonhe de os reconhecer como Seus colaboradores. Cristo proveu Seus filhos de toda cultura espiritual. Se Jesus habitar na pessoa, o coração se enche das santas graças de Seu Espírito, manifestando-se na transformação das feições. Se desejais ter beleza e amabilidade de caráter, a lei divina deve estar escrita no coração e ser praticada na vida. -- Testimonies on Sabbath School Work, 20-22. Tornar prática a lição CES38 59 6 Entrem os professores, de coração e alma, no assunto da lição. Elaborem planos para fazer aplicação prática da lição e despertar interesse na mente e coração das crianças sob seu cuidado. Que as atividades dos alunos tenham como propósito solucionar os problemas da verdade bíblica. Os professores podem dar feição à obra, de maneira que os exercícios não sejam insípidos e desinteressantes. CES38 59 1 Os professores não fazem dos exercícios da Escola Sabatina o fervoroso trabalho que deviam ser; devem aproximar-se do coração dos alunos, com tato, simpatia, paciente e determinado esforço, a fim de interessar cada estudante relativamente à salvação de sua alma. Esses exercícios devem tornar-se o que o Senhor deseja que sejam ocasiões de profunda convicção de pecado, de reforma do coração. Se se fizer o devido trabalho, de maneira hábil e cristã, pessoas serão convencidas e a pergunta será: "Que devo fazer para me salvar?" -- Testimonies on Sabbath School Work, 12, 13. O uso de auxiliares CES38 59 2 Têm-se feito alguns esforços no sentido de interessar as crianças na obra, mas isso não basta. Nossas Escolas Sabatinas devem tornar-se mais interessantes. Ultimamente, as escolas públicas têm melhorado grandemente seus métodos de ensino. Lições objetivas, gravuras e quadros-negros são usados para que à mente juvenil se tornem claras as lições difíceis. De igual maneira podemos simplificar a verdade presente, tornando-a intensamente interessante ao espírito ativo das crianças. CES38 59 3 Por meio dos filhos, freqüentemente atingem-se os pais que, de outra maneira, não poderiam ser alcançados. CES38 59 4 Os professores da Escola Sabatina podem instruir as crianças na verdade e elas, por sua vez, a introduzirão no círculo doméstico. Mas poucos professores parecem compreender a importância desse ramo da Obra. Os modos de ensino, que com tanto êxito, são adotados nas escolas públicas, podem, nas Escolas Sabatinas, ser empregados com idêntico resultado, tornando-se o meio de levar crianças a Jesus e educá-las na verdade bíblica. Isso produzirá muito mais benefício do que avivamentos religiosos de caráter emotivo, que passam tão rapidamente como vêm. CES38 59 5 Deve ser acariciado o amor de Cristo. Necessitamos de mais fé na obra que, cremos, deve ser feita antes da volta de Cristo. Deve haver, na devida direção, mais renúncia e abnegado esforço. Deve-se estudar, com meditação e oração, como trabalhar da melhor maneira. Devem-se elaborar cuidadosos planos. Há, entre nós, mentes capazes de delinear e executar, se tão-somente forem postas em ação. A bem dirigidos e inteligentes esforços, seguir-se-ão grandes resultados. -- Testimonies on Sabbath School Work, 9. Erros apontados CES38 60 1 A Escola Sabatina, devidamente dirigida, é um dos grandes instrumentos divinos para trazer pessoas ao conhecimento da verdade. Não é o melhor plano falarem os professores, unicamente, mas devem levar a classe a dizer o que sabe. Então, com umas poucas observações ou ilustrações claras e breves, deve o professor gravar-lhes na mente a lição. CES38 60 2 Sob circunstância alguma, devem os professores passar a lição mecanicamente, sentando-se então e deixando as crianças a olhar em derredor, a cochichar e brincar, como as temos visto. Tal ensino não é benéfico; é, muitas vezes, prejudicial. Se o professor estiver preparado, cada momento poderá ser usado com proveito. A mente ativa das crianças deve estar constantemente ocupada. Suas idéias devem ser externadas e corrigidas, ou aprovadas, como o caso requeira. Mas nunca deve o professor sentar-se, dizendo: "Já terminei." -- Testimonies on Sabbath School Work, 18, 19. Indolência espiritual CES38 60 3 Em algumas Escolas Sabatinas, dão-se cargos a pessoas que não têm aptidão para ensinar. Não sentem sincero amor pelas pessoas. Elas próprias não entendem metade dos princípios práticos da verdade. Como podem, então, conduzir as crianças e jovens à Fonte viva? Que os próprios professores bebam a largos sorvos da água da salvação; os anjos de Deus serão seus ministradores, e saberão precisamente qual o rumo que o Senhor deseja que tomem, a fim de conquistar para Jesus a preciosa juventude. Isso exige aptidão, vontade, perseverança, um espírito como o manifestou Jacó ao lutar em oração, exclamando: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." Gênesis 32:26. Ao repousar sobre os professores, a bênção divina não deixará de refletir-se sobre os que estão ao seu cuidado. Nunca deveis colocar a juventude sob a orientação de indivíduos espiritualmente indolentes, os quais CES38 60 4 não possuam altas, elevadas, santas aspirações, porque o mesmo espírito de indiferença, farisaísmo e formalidade, será visto tanto nos professores como nos alunos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 13. Controvérsia na classe CES38 60 5 As lições ensinadas na Escola Sabatina devem ser de molde a iluminar o coração e a mente. E para que isso se realize, devem os professores estar sob a influência do Espírito Santo, vencendo todo egoísmo, toda palavra precipitada e ato inconsiderado, a fim de que a graça de Deus se manifeste cooperando com o esforço humano para a salvação de pessoas. Deve ser esse o grande objetivo da Escola Sabatina. Não deve esta tornar-se lugar de controvérsia; não se devem ali manifestar diferenças de opinião. Mantenha-se a harmonia, conservando fora da escola essa espécie de trabalho. Quando se manifestarem idéias que sejam debatidas pelos membros, não se levante espírito combativo, seguindo-se discussões e controvérsias. -- Testimonies on Sabbath School Work, 51, 52. Ler a lição CES38 61 1 Lamento dizer que em algumas escolas prevalece o costume de ler a lição. Isso não deve ser assim. Não precisaria ser assim, se o tempo, que muitas vezes é empregado desnecessária e até pecaminosamente, fosse destinado ao estudo das Escrituras. Não há motivo de as lições da CES38 61 2 Escola Sabatina serem aprendidas, por professores e alunos, com menos perfeição do que as lições da escola diária. Devem ser melhor aprendidas, pois tratam de assuntos infinitamente mais importantes. Essa negligência é desagradável a Deus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 10. Estudo superficial CES38 61 3 Cada professor deve reconhecer que é um missionário de Deus. Deve aproveitar seus momentos e capacidade para obter conhecimentos da Palavra divina, a fim de poder transmiti-los aos alunos. Os professores que não estudam, tornam-se incompetentes para o cargo. Em seu trabalho, precisam ter vivacidade de idéias, sábios e vigorosos planos, vida e tato. Devem ser aptos para ensinar. CES38 61 4 O professor não deve limitar-se a repetir as palavras da lição, mas precisa estar familiarizado não só com as palavras como com as idéias. Todo professor, antes de assumir a direção de sua classe, deve ter distintamente delineados na mente planos referentes ao que precisa fazer naquele dia e naquela ocasião. Recitar uma lição perante a classe não é ensiná-la; deveis ter palavras simples, e expor clara e distintamente as idéias. Assegurai-vos de que vossos alunos vos entendem. Se não vos compreendem as idéias, vosso trabalho está perdido. Não toqueis levemente a superfície; cavai fundo. A Bíblia é a regra e guia da vida. A mente e o coração dos jovens devem ser levados em contato imediato com a sã doutrina; assim produzirão frutos, pois se verá a prática sã, como resultado de vossos esforços. -- Testimonies on Sabbath School Work, 24. Observações longas e cansativas CES38 62 1 Os que instruem crianças devem evitar observações enfadonhas. Comentários curtos e ao ponto exercerão influência positiva. Se houver muita coisa a dizer, compensai a brevidade com a freqüência. Umas poucas palavras de interesse, de vez em quando, serão mais benéficas do que se forem ditas de uma só vez. Longos discursos sobrecarregam a mente limitada das crianças. Conversa demais levá-las-á a ter aversão até mesmo pela instrução espiritual, justamente como comer demais sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, levando mesmo a repugnar o alimento. A mente das pessoas pode ser sobrecarregada com demasiado falatório. O trabalho pela igreja, e especialmente pela juventude, deve ser feito regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. Dai às mentes tempo para assimilar as verdades com que as alimentais. As crianças precisam ser atraídas para o Céu, não asperamente, mas com muita brandura. -- Testimonies on Sabbath School Work, 107. O que significa ser coobreiro de Deus CES38 62 2 "Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." Tito 2:6-8. CES38 62 3 Onde há falta de sincera piedade, onde se negligencia a comunhão CES38 62 4 diária com Deus, o professor da Escola Sabatina será frio e enfadonho em sua maneira de ensinar. Suas palavras não terão o poder de alcançar o coração dos alunos. CES38 62 5 Ser coobreiro de Deus quer dizer muito mais do que ir meramente à Escola Sabatina, assistir aos serviços da igreja, tomar parte no ensino e dar testemunho nos cultos. CES38 62 6 Ser coobreiro de Deus significa ter o coração a arder no desejo de salvar os pecadores por quem Cristo morreu. Significa que estais cheios de solicitude pela obra, sempre planejando para tornar interessante vossa instrução, imaginando meios de vos conduzirdes com todas as faculdades que vos foram confiadas para o rumo em que Cristo conduz, a fim de que pessoas sejam ganhas para Seu serviço e a Ele ligadas pelos laços de Seu infinito amor. Obra manchada por esforço não consagrado CES38 62 7 Os coobreiros de Deus não recuam diante de sagrados deveres; mas por amor de Cristo estão prontos a suportar o trabalho, a sofrer privação e vitupério. Estão prontos a enfrentar repulsas, embora isso seja difícil de suportar e humilhante ao orgulho humano. Mas o coobreiro de Deus se lembrará de que Jesus suportou vergonha e insulto, rejeição e morte, para que pudesse salvar os perdidos. Qualquer parte que tenhamos na variada obra da seara CES38 63 1 significa sacrifício e renúncia. Significa que o tempo usualmente gasto em coisas de menor importância deve ser empregado no exame das Escrituras, para que saibais como trabalhar com êxito na obra que vos foi designada. Significa que deveis familiarizar-vos com o Espírito de Deus; que deveis orar muito, e pensar muito seriamente quanto ao modo de empregar toda capacidade de vossa natureza para levar avante com eficiência a obra de Deus. CES38 63 2 Sois servos empregados por Deus, a quem Ele delegou a edificação de Seu reino na Terra, e deveis fazer vossa parte na salvação de pessoas por quem Cristo pagou o preço de Seu próprio sangue. É então coisa leve ensinar na Escola Sabatina, sem preparar o coração para essa momentosa tarefa? Muitos dos que se encarregam do ensino de uma classe, sentem por ela pouco interesse, e, por seus esforços não consagrados, danificam a sagrada obra. -- Testimonies on Sabbath School Work, 67, 68. A tentação de se exibir CES38 63 3 Tanto na classe primária como nas mais adiantadas, os professores precisam buscar na grande fonte de luz e sabedoria, a graça e o poder para moldar o coração dos alunos e tratar inteligentemente com os resgatados pelo sangue de Cristo. Todo professor deve ser humilde seguidor dAquele que é manso e humilde de coração. Ninguém deve estudar ou trabalhar com o objetivo de ser considerado um mestre superior ou pessoa de extraordinária capacidade, mas para que CES38 63 4 possa levar pessoas a Cristo. Sobrevirão tentações para entremear o próprio eu em tudo o que for feito, mas assim fazendo, prejudicaremos nosso trabalho, pois isso nos levará a longas e secas observações que não hão de interessar ou beneficiar as crianças. -- Testimonies on Sabbath School Work, 35. Serviço de todo o coração CES38 63 5 O Senhor quer na Escola Sabatina professores que trabalhem de todo o coração, que pelo exercício aumentem seus talentos e progridam naquilo que já conseguiram. O Senhor quer, na igreja, cristãos que trabalhem, pois estes têm menos tentações que os que pouco fazem. Os que verdadeiramente crêem em Cristo, tornar-se-ão cooperadores de Deus. Serão dirigidos por Seu Espírito; suas afeições serão purificadas, controladas as suas paixões, e na vida aparecerão preciosos frutos para a glória de Deus; pois os que verdadeiramente crêem em Cristo, refletirão luz. -- Testimonies on Sabbath School Work, 53. O mais alto interesse CES38 64 1 Os deveres dos professores são pesados e sagrados, mas parte alguma do trabalho é mais importante do que cuidar da juventude com solicitude amorável e terna, para que sintam que temos neles um amigo. Uma vez conquistada sua confiança, ser-vos-á fácil guiá-los, controlá-los, educá-los. Os santos motivos de nossos princípios cristãos devem ser introduzidos em nossa vida. A salvação de nossos alunos é a mais elevada tarefa CES38 64 2 confiada ao professor temente a Deus. Ele é obreiro de Cristo, e seus esforços especiais e determinados devem ser salvar pessoas da perdição e levá-las a Jesus Cristo. Deus requererá isto das mãos dos professores. Cada um deve levar uma vida de piedade, de pureza, de consciencioso esforço no desempenho de cada dever. Se o coração se inflama com o amor de Deus, haverá pureza de afeições, o que é essencial; as orações serão fervorosas e serão dadas fiéis advertências. Negligenciai isto e as pessoas sob vosso cuidado estarão em perigo. É preferível gastar menos tempo em longas pregações ou absorvente estudo, e atender a esses deveres negligenciados. A perseverança recompensada CES38 64 3 Depois de todos esses esforços, verificarão os professores que alguns sob seu cuidado desenvolverão caráter sem princípios. São frouxos na moral, como resultado, em muitos casos, do exemplo vicioso e negligente da disciplina paterna. E embora os professores façam tudo o que puderem para levar esses jovens a uma vida de pureza e santidade, falharão; e depois de paciente disciplina, afetuoso labor, ferventes preces, serão desapontados por aqueles de quem tanto esperaram. E além disto, experimentarão as reprovações dos pais por não terem sido capazes de conter a influência de seu próprio exemplo e insensata educação. O professor conhecerá tais desalentos depois de haver cumprido seu dever. Mas deve continuar trabalhando, confiando em que Deus trabalha com ele, varonilmente firme em seu posto, prosseguindo em fé. Outros serão salvos para Deus, CES38 64 4 e a influência destes será exercida para salvar a outros mais. Que os pastores, os professores da Escola Sabatina e de nossos colégios unam mente, coração e propósito na obra de salvar nossa juventude da ruína. -- Fundamentos da Educação Cristã, 116, 117. Exaltar a Cristo CES38 65 1 Quando devidamente representado pelos que pretendem ser cristãos, o evangelho é o poder e sabedoria de Deus. Cristo crucificado por nossos pecados deve humilhar em sua própria estima toda alma perante Deus. Cristo ressuscitado dos mortos, assunto ao Céu, nosso vivo Intercessor na presença de Deus, é a ciência da salvação que precisamos aprender e ensinar às crianças e jovens. Jesus declarou: CES38 65 2 "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." João 17:19. É esta a obra que sempre repousa sobre cada professor. Não se deve fazer nenhum trabalho descuidado nesse assunto, pois até a educação das crianças nas escolas diárias requer muito da graça de Cristo e subjugação do próprio eu. Os que são naturalmente irritáveis, facilmente provocados, e têm acariciado o hábito de criticar e pensar mal, deveriam ter outra espécie de trabalho, que não reproduza, nas crianças e jovens, qualquer de seus traços desagradáveis de caráter, pois aqueles custaram preço demasiado alto. O Céu vê na criança o homem ou mulher não desenvolvidos, com capacidade e poderes que, corretamente guiados e desenvolvidos, com sabedoria celestial, se tornarão o instrumento humano pelo qual as influências divinas podem cooperar, para serem CES38 65 3 coobreiros de Deus. As palavras ásperas e contínua censura confundem, mas não reformam a criança. Não pronuncieis essa palavra irritada; conservai vosso próprio espírito sob a disciplina de Jesus Cristo; aprendereis então a ter compaixão e simpatia para com os que estiverem sob vossa influência. -- Testimonies on Sabbath School Work, 87, 88. Classes inteiras convertidas CES38 65 4 Como obreiros de Deus, precisamos mais de Jesus e menos de nós mesmos. Devemos sentir maior preocupação pelas pessoas, e orar diariamente pedindo que nos sejam concedidas força e sabedoria para o sábado. Professores, uni-vos com vossas classes. Orai com elas e ensinai-as a orar. Seja o coração abrandado e as petições curtas e simples, mas fervorosas. Vossas palavras sejam poucas e bem escolhidas; que aprendam de vossos lábios e exemplo, que a verdade de Deus se lhes deve arraigar no coração, ou não poderão resistir à prova da tentação. Precisamos ver classes inteiras de jovens convertidos a Deus e crescendo como membros úteis da igreja. -- Testimonies on Sabbath School Work, 19, 20. CES38 66 1 Não permitais que, durante a semana, toda vossa força e energia sejam empregadas em atividades mundanas e temporais, de maneira que, no sábado, não tenhais energia e força moral para dedicar ao serviço de Cristo. Há um sério trabalho a ser feito justamente agora. Não temos um momento sequer para usar de forma egoísta. Que tudo o que fizermos seja com o único fim de glorificar a Deus. Não descanseis até que toda criança de vossa classe seja levada ao conhecimento salvador de Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14. A maior alegria CES38 66 2 Aos que são aceitos como professores em nossas escolas está aberto um campo para ser trabalhado e cultivado para a semeadura da semente e a colheita do grão amadurecido. Que pode proporcionar maior satisfação do que ser cooperador de Deus na educação e preparo das crianças e jovens para amarem a Deus e guardarem os Seus mandamentos? Guiai a Jesus as crianças que estais instruindo na escola diária e na Escola Sabatina. Que vos pode dar maior gozo do que ver crianças e jovens seguindo a Cristo, o grande Pastor, o qual chama e as ovelhas e cordeiros ouvem-Lhe a voz e O seguem? Que pode espargir mais luz na alma do obreiro devotado e interessado do que saber que seu perseverante e paciente esforço não foi em vão no Senhor, e ver seus alunos com o brilho do Sol na alma porque Cristo lhes perdoou os pecados? Que pode dar mais satisfação ao coobreiro de Deus, do que ver crianças e jovens recebendo as impressões do Espírito de Deus em verdadeira nobreza de caráter e na restauração da imagem moral de Deus -- crianças buscando a paz que vem do Príncipe da paz? -- Fundamentos da Educação Cristã, 271. ------------------------Capítulo 5 -- Ofertas missionárias semanais Ofertas de gratidão CES38 67 1 Somos gratos a Deus por terem nossas Escolas Sabatinas contribuído bastante para o progresso de muitos empreendimentos valiosos. As crianças e os jovens têm dado suas moedas que, como pequenos regatos, se transformaram num rio de beneficência. As crianças devem ser educadas de tal modo que pratiquem atos abnegados, que o Céu se regozijará em contemplar. Quando sobre elas estiver o orvalho da juventude, devem ser preparadas para trabalhar para Cristo. Ensine-se-lhes a serem abnegadas. -- Testimonies on Sabbath School Work, 113. Ofertas sistemáticas e regulares CES38 67 2 A questão das ofertas não foi deixada por conta dos impulsos. Deus nos tem dado instruções definidas a esse respeito. Ele especificou dízimos e ofertas como a medida de nossa obrigação. E deseja que demos regular e sistematicamente. Paulo escreveu à igreja de Corinto: "Quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós CES38 67 3 ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." 1 Coríntios 16:1, 2. Examine cada um regularmente sua renda, a qual é toda uma bênção de Deus, e ponha de parte o dízimo como um fundo separado, para ser sagradamente do Senhor. Esse fundo não deve em caso algum ser empregado em qualquer outro fim; unicamente para sustento do ministério do evangelho. Depois de separado o dízimo, sejam tirados donativos e ofertas, segundo a prosperidade que Deus lhe deu. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1893. Ofertas sistemáticas CES38 67 4 As ofertas das criancinhas são aceitáveis e agradáveis a Deus. O valor da oferta mede-se pelo espírito que a anima. Os pobres, pondo de parte cada semana uma pequena soma, conforme a regra do apóstolo, ajudam a fortalecer o tesouro, e suas dádivas são inteiramente aceitas por Deus; pois fazem sacrifício tão grande, e mesmo maior que seus irmãos com mais posses. O plano de beneficência sistemática provar-se-á uma salvaguarda a toda família contra a tentação de dispor dos recursos para coisas desnecessárias, e especialmente mostrará ser uma bênção para os ricos, pois que os preserva de se mostrarem condescendentes para com as extravagâncias. CES38 67 5 Pondo cada membro da família em plena execução o plano, toda semana são trazidas à lembrança as reivindicações de Deus a cada família; e ao se negarem alguma superfluidade a fim de terem meios para depositar na tesouraria, o coração estará sendo impressionado com lições de valor sobre a abnegação para a glória CES38 68 1 de Deus. Uma vez em cada semana cada um é posto face a face com os efeitos da semana anterior -- a renda que teria alcançado se tivesse sido econômico, e os recursos que lhe faltam por ter sido condescendente. Sua consciência é retida, por assim dizer, diante de Deus, e o elogia ou acusa. Ele aprende que se possui paz de espírito e o favor de Deus, deve comer, beber e vestir-se para Sua glória. Uma grande honra CES38 68 2 Deus, em Seus sábios planos, fez depender o avanço de Sua causa dos esforços pessoais de Seu povo, e de suas ofertas voluntárias. Aceitando a cooperação do homem no grande plano da redenção, sobre ele colocou uma assinalada honra. Não pode o pastor pregar, a não ser que seja enviado. A tarefa de disseminar a luz não repousa sobre o pastor apenas. Cada pessoa, uma vez havendo-se tornado membro da igreja, obriga-se a ser um representante de Cristo, vivendo a verdade que professa. Os seguidores de Cristo devem levar avante a obra que Ele deixou para eles quando ascendeu ao Céu. -- Testimonies for the Church 4:464. A providência de Deus antecede nossa liberalidade CES38 68 3 As pequenas e grandes correntes de beneficência devem ser mantidas sempre fruindo. A providência de Deus vai muito adiante de nós, movendo-se muito mais depressa que a nossa CES38 68 4 liberalidade. O caminho para a edificação e progresso da causa de Deus é bloqueado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela cobiça, pela extravagância e amor à ostentação. Sobre toda a igreja recai a solene responsabilidade de fazer prosperar cada ramo da obra. Se seus membros seguirem a Cristo, negarão a inclinação do exibicionismo, o amor dos vestidos, das casas elegantes e custosos mobiliários. É preciso que haja muito maior humildade, muito maior distinção do mundo, entre os adventistas do sétimo dia, doutro modo Deus não nos aceitará, seja qual for nossa posição ou o caráter da obra em que estivermos empenhados. Economia e abnegação proverão para muitos, em condições medianas, os meios para beneficência. É dever de todo discípulo de Cristo, andar humildemente na trilha da abnegação palmilhada pela Majestade do Céu. Toda a vida do cristão deve ser de altruísmo, para que, ao serem feitos pedidos de auxílio, ele possa responder prontamente. CES38 68 5 Enquanto Satanás operar com irrefreável energia para destruir as pessoas; enquanto houver um chamado para obreiros no vasto campo da seara, haverá o convite para que se dê para o sustento da obra de Deus em qualquer de seus inúmeros setores. Solucionamos uma necessidade apenas para dar lugar a que se solucione outra de igual caráter. A abnegação pedida para que se obtenham meios a serem aplicados naquilo a que Deus dá o maior valor, desenvolverá hábitos e um caráter que nos garantirão a aprovação "bem está", e nos capacitarão a habitar para sempre na presença dAquele que por nós Se tornou pobre, CES38 69 1 para que por Sua pobreza herdássemos riquezas eternas. -- Testimonies for the Church 7:296, 297. Cansar de doar CES38 69 2 "Bem", poderá alguém dizer, "continuam a vir sempre os pedidos para dar à Causa. Estou cansado de dar." Estais? Então permiti que eu pergunte: Estais cansados de receber benefícios das mãos de Deus? Enquanto Ele não cessar de vos abençoar achar-vos-eis debaixo da obrigação de Lhe devolver a porção que Ele reclama. Ele vos abençoa para que esteja em vosso poder abençoar a outros. Quando estiverdes cansados de receber, podereis dizer: "Estou cansado de tantos convites para dar." -- Testimonies for the Church 5:150. Ampliação da obra CES38 69 3 O povo de Deus tem diante de si uma poderosa obra, uma obra que deve erguer-se continuamente a maiores preeminências. Nossos esforços nas atividades missionárias devem tornar-se muito mais amplos. Antes da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo deverá ser feita uma obra mais decidida do que a que se fez até agora. O povo de Deus não deve cessar de trabalhar até que haja envolvido o mundo. -- Testimonies for the Church 6:23, 24. Não pedir diminuição CES38 69 4 De cada igreja devem subir a Deus orações para aumento de devoção e liberalidade. Meus irmãos e irmãs, não peçais diminuição da obra evangelística. Enquanto houver pessoas para serem salvas, CES38 69 5 nosso interesse nessa obra não deve conhecer abatimento. A igreja não pode encurtar sua tarefa sem negar o seu Mestre. Nem todos podem ir aos campos estrangeiros como missionários, mas todos podem dar de seus meios para o avançamento das missões estrangeiras. -- Testimonies for the Church 9:55, 56. Faremos o melhor? CES38 70 1 Minha alma freme em mim quando de todas as direções, das cidades e vilas de nossa própria terra, através do Atlântico, do vasto Pacífico e das ilhas do mar vem o clamor macedônio: "Passa ... e ajuda-nos." Atos dos Apóstolos 16:9. Irmãos e irmãs, respondereis ao chamado dizendo: "Faremos o melhor, quer enviando missionários, quer dinheiro. Negaremos a nós mesmos no embelezamento de nossos lares, no adorno de nossa pessoa e na satisfação de nosso apetite. Daremos para a causa de Deus os meios a nós confiados, e nos devotaremos a nós mesmos sem reserva para a Sua obra?" As necessidades da causa são expostas diante de nós; as tesourarias vazias apelam para nós de maneira patética, pedindo auxílio. Uma pequena quantia é agora de mais valor para a obra do que dez no futuro. CES38 70 2 Trabalhai, irmãos, trabalhai enquanto tendes oportunidade, enquanto é dia. Trabalhai, pois "a noite vem, quando ninguém pode trabalhar". João 9:4. Quão cedo pode vir a noite, não podeis dizer. Agora é a vossa oportunidade; aproveitai-a Se há alguém que não pode dar auxílio pessoal no trabalho missionário, que viva economicamente, e dê de suas economias. -- Testimonies for the Church 5:732, 733. Oração e ofertas para as missões CES38 70 3 Irmãos e irmãs, comprometei-vos diante de Deus hoje a orar por aqueles que foram escolhidos para ir a outras terras? Comprometei-vos a não apenas orar por eles, mas a sustentá-los com os dízimos e ofertas? Comprometei-vos a praticar estrita abstenção para que possais ter mais para dar para o avançamento da obra nas "regiões além"? Sentimo-nos movidos pelo Espírito de Deus a pedir que vos comprometais diante dEle a separar alguma coisa semanalmente para a manutenção de nossos missionários. Em assim fazendo Deus vos ajudará e abençoará. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. Descobrir meios e recursos CES38 70 4 A igreja de Cristo na Terra foi organizada com propósito missionário, e o Senhor deseja ver toda a igreja planejando caminhos e meios pelos quais o exaltado e o humilde, o rico e o pobre, possam ouvir a mensagem da verdade. Nem todos são chamados a trabalhar pessoal nos campos missionários, mas todos podem fazer alguma coisa por meio de suas orações e ofertas, para ajudar a obra missionária. CES38 70 5 Um cidadão americano, homem de negócio, fervoroso cristão, em conversa com um colega, fez notar que ele próprio trabalhava para Cristo 24 horas por dia. "Em todas as minhas relações comerciais", disse ele, "procuro representar meu Mestre. Quando encontro oportunidade, procuro salvar outros para Ele. Trabalho para Cristo durante o dia todo. E à noite, enquanto durmo, tenho na China um homem trabalhando para Ele." -- Testimonies for the Church 6:29. Promover o trabalho missionário local CES38 71 1 Mostrar um espírito liberal, abnegado para com o êxito das missões estrangeiras, é um meio seguro de fazer avançar a obra missionária na pátria; pois a prosperidade da obra nacional depende grandemente, abaixo de Deus, da influência reflexa da obra evangélica feita nos países afastados. É trabalhando para prover às necessidades de outros, que pomos nossa alma em contato com a Fonte de todo poder. O Senhor tem observado todos os aspectos do zelo missionário manifestado por Seu povo em favor dos campos estrangeiros. É Seu desígnio que, em todo lar, toda igreja e em todos os centros da obra, se manifeste um espírito de liberalidade no enviar auxílio aos campos estrangeiros, onde os obreiros estão lutando contra grandes desvantagens para comunicar a luz da verdade aos que se acham em trevas. Aquilo que é dado para iniciar a obra num campo, resulta em fortalecimento da mesma em outros lugares. -- Obreiros Evangélicos, 465, 466. Deus honra o despenseiro fiel CES38 71 2 Deus fez dos homens os Seus administradores. A propriedade que Ele pôs em suas mãos sãos os meios que Ele proveu para a propagação do evangelho. Àqueles que se mostrarem mordomos fiéis Ele confiará maiores bens. Diz o Senhor: "Aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. "Deus ama ao que dá com alegria" e quando Seu povo, com corações gratos, Lhe trazem seus dons e ofertas, "não com tristeza, ou por necessidade" (2 Coríntios 9:7), Suas bênçãos os acompanharão, conforme Ele prometeu. "Trazei todos os dízimos à casa do CES38 71 3 tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." Malaquias 3:10. -- Patriarcas e Profetas, 529. O que poderia ter ocorrido CES38 71 4 Um dilúvio de luz está irradiando da Palavra de Deus, e é preciso que haja um despertamento para oportunidades negligenciadas. Quando todos forem fiéis em devolver a Deus o que a Ele pertence em dízimos e ofertas, abrir-se-á o caminho para que o mundo ouça a mensagem para este tempo. Se o coração do povo de Deus se enchesse do amor de Cristo; se cada membro de igreja fosse inteiramente imbuído do espírito de sacrifício; se todos manifestassem completo fervor, não haveria falta de fundos para as missões nacionais ou estrangeiras. Nossos recursos seriam multiplicados; mil portas de utilidade se abririam e nós seríamos convidados a entrar. Tivesse sido o propósito de Deus em dar ao mundo a mensagem de misericórdia executado por Seu povo, e Cristo já poderia ter vindo à Terra e os santos já teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. -- Testimonies for the Church 6:450. Bênção permanente sobre o doador CES38 72 1 Se todos os que se dizem filhos e filhas de Deus fossem conscienciosos em sua obrigação para com Deus e o próximo no que diz respeito a dízimos e ofertas, haveria abundância no tesouro para sustentar a obra de CES38 72 2 Deus nos diferentes ramos em todo o mundo. Na medida em que repartissem, o Senhor abriria caminhos pelos quais pudessem ser habilitados a dar continuamente, pois estavam continuamente recebendo. Não haveria então ocasião para fazerem-se apelos visando meios para o sustento da causa. Se o princípio de dar ao Senhor o que Lhe pertence fosse praticado regular e sistematicamente, haveria manifestação de reconhecimento da parte de Deus. "Aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. Mais elevados motivos que a simpatia CES38 72 3 As trevas morais de um mundo arruinado apelam a homens e mulheres cristãos para que se entreguem a esforço individual, para que dêem de seus meios e influências, a fim de que possam eles alcançar a imagem dAquele que, embora possuindo infinitas riquezas, Se fez pobre por nós. O Espírito de Deus não pode habitar com aqueles que, havendo-lhes Ele enviado a mensagem de Sua verdade, precisam ser constrangidos antes que possam ter qualquer senso de seu dever como coobreiros de Cristo. O apóstolo faz realçar o dever de dar com mais elevados motivos que a mera simpatia humana, pois os sentimentos são instáveis. Ele dá ênfase ao princípio de que devemos trabalhar singela e altruisticamente para glória de Deus. -- Testimonies for the Church 3:391. Vencendo o egoísmo CES38 72 4 Não são os homens por natureza inclinados à benevolência, mas à mesquinhez e avareza, e a viverem para o eu. CES38 73 1 Satanás está sempre pronto a apresentar as vantagens que poderão advir pelo uso de todos os meios, para propósitos egoístas e mundanos; e se alegra quando consegue influenciá-los para se esquivarem ao dever e a roubarem a Deus nos dízimos e ofertas. Mas neste assunto ninguém fica escusado. "Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." 1 Coríntios 16:2. O pobre, o rico, os rapazes e as moças que recebem salário -- todos devem pôr de parte alguma coisa; pois Deus o pede. A prosperidade espiritual de cada membro da igreja depende do esforço pessoal e da estrita fidelidade a Deus. -- Testimonies for the Church 5:382. Ensinar beneficência às crianças no lar CES38 73 2 Nosso grande adversário está constantemente trabalhando, com poder, para atrair a juventude à condescendência própria, orgulho e extravagância, a fim de que sua mente e coração estejam tão cheios dessas coisas que, em suas afeições, não haja lugar para Deus. Por esses meios, está ele deturpando o caráter e diminuindo o intelecto dos jovens desta geração. É o dever dos pais impedir-lhe a operação. Toda influência que tenda a preservar no coração dos jovens verdadeira e sincera humildade e o conhecimento da vontade divina, ajudará a impedir que sejam corrompidos pelos vícios deste século. CES38 73 3 Uma das mais eficazes barreiras contra a onda do mal é o cultivo de hábitos de abnegação e benevolência. As crianças CES38 73 4 devem ser educadas a olhar com desgosto os hábitos de egoísmo e ambição. Deus tem sobre elas sagrados direitos e precisam ser instruídas, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, a reconhecer e estimar conscienciosamente esses direitos. CES38 73 5 Deve ser conservado perante as jovens e tenras mentes que, no sol e na chuva, que fazem florescer a vegetação e a terra produzir suas dádivas para servir o homem, Deus está constantemente dando Suas bênçãos a Seus filhos confiantes. Essas bênçãos não nos são concedidas para animar nossa natureza egoísta a reter os tesouros da bondade divina, fixando nelas nossas afeições, mas para que devolvamos ao Doador, dádivas e ofertas. É esta a menor expressão de gratidão e amor que podemos render a nosso amorável Criador. CES38 73 6 Tem havido grande negligência por parte dos pais em procurar interessar os filhos no desenvolvimento da causa de Deus. Em muitas famílias as crianças parecem ser postas de lado, como se fossem seres irresponsáveis. A fim de juntar riquezas para os filhos, muitos pais chegam mesmo a roubar a Deus de Seus justos direitos aos dízimos e ofertas, sem pensar que, assim fazendo, abrem a seus queridos uma porta de tentação que geralmente se demonstrará sua ruína. Removem dos filhos a necessidade de esforço pessoal e, com ele, o incentivo às realizações nobres. CES38 74 1 Se a isso fossem animadas, as crianças obteriam recursos para devotar a fins de beneficência e ao avançamento da causa divina, e o fato de terem investido alguma CES38 74 2 coisa nesses empreendimentos lhes aumentaria o interesse. Seus pequenos donativos seriam um auxílio apreciável e, devido ao esforço feito, as próprias crianças estariam melhor, tanto física como mental e moralmente. Mediante sua diligência e abnegação, alcançariam valiosa experiência que as ajudaria a ter êxito nesta vida e a assegurar a vida por vir. -- Testimonies on Sabbath School Work, 98-100. Restrição a necessidades imaginárias CES38 74 3 Se os homens fossem hoje em dia simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da natureza, como faziam Adão e Eva no princípio, haveria abundante provisão para as necessidades da família humana. Haveria menos necessidade imaginárias e mais oportunidades de trabalhar em harmonia com os desígnios de Deus. Mas o egoísmo e a condescendência com os gostos naturais têm trazido pecado e miséria ao mundo, por excesso de um lado, e carência do outro. -- O Desejado de Todas as Nações, 367. Não haverá necessidade de estímulos nocivos CES38 74 4 Os que têm em vista as realidades eternas, que amam ao Senhor de todo o coração, de toda a alma e com todas as forças, e a seu próximo como a si mesmos, cumprirão conscienciosamente seu inteiro dever, como se a cortina fosse descerrada e eles vissem que estavam trabalhando sob as vistas do Universo celestial. O espírito de liberalidade cristã se fortalecerá à medida que for exercitado, e não necessitará ser estimulado por processos falsos. Todos os que CES38 74 5 possuem este espírito, o Espírito de Cristo, levarão com viva alegria suas ofertas para o tesouro do Senhor. Inspirados pelo amor a Cristo e pelas pessoas por quem Ele morreu, desempenham sua parte com intenso fervor e fidelidade. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. O rendimento das pequenas ofertas CES38 74 6 Os pais não têm ensinado aos filhos os preceitos da lei como Deus lhes ordenou. Eles os têm educado em hábitos de egoísmo. Têm-nos ensinado a considerar seus aniversários e festas como ocasiões em que esperam receber presentes e seguir os hábitos e costumes do mundo. Tais oportunidades, que deveriam servir para incrementar o conhecimento de Deus e despertar a gratidão do coração por Sua misericórdia e amor em preservar-lhes a vida por mais um ano, são transformadas em ocasiões para agradar-se a si mesmos, para adulação e glorificação dos filhos. Foram eles guardados pelo poder de Deus em cada momento de sua vida, e contudo os pais não ensinam seus filhos a nisto pensar e exprimir gratidão por Sua misericórdia para com eles. Se crianças e jovens tivessem sido convenientemente instruídos nesta fase do mundo, que honra, que louvor e graças subiriam de seus lábios a Deus! Que soma de pequenas ofertas seria levada pelas mãos desses pequeninos ao tesouro do Senhor como sinal de gratidão! Deus seria lembrado em vez de esquecido. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894. Ofertas natalícias CES38 75 1 Na dispensação judaica, por ocasião do nascimento dos filhos, era feita uma oferta a Deus, por indicação dEle próprio. Agora vemos os pais tendo o especial cuidado de dar presentes aos filhos por ocasião de seus aniversários. Fazem disto uma ocasião para honrar a criança, como se a honra fosse devida ao ser humano. Satanás tem nisto encontrado seu próprio objetivo; tem desviado a mente e as ofertas para seres humanos; assim os pensamentos dos filhos concentram-se em si mesmos, como se devessem eles ser feitos objeto de especial favor. Aquilo que devia retornar a Deus em ofertas que abençoassem o necessitado e levassem a luz da verdade ao mundo, é desviado do justo canal e freqüentemente faz mais mal que bem, agindo como encorajamento à vaidade, ao orgulho e à presunção. Por ocasião de aniversários, os filhos devem ser ensinados que têm motivos de gratidão para com Deus por Sua terna benignidade em lhes conservar a vida por mais um ano. Podem assim ser dadas preciosas lições. Pela vida, a saúde, o alimento, o vestuário, não menos que pela esperança da vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as bênçãos; devemos a Deus o reconhecimento de Seus dons e apresentar nossas ofertas de gratidão a nosso maior Benfeitor. Essas ofertas natalícias são reconhecidas no Céu. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1890. Lembrança do cuidado e amor de Deus CES38 75 2 Nossos aniversários, Natal e festas do Dia de Ações de Graças, são não raro devotados a satisfações egoístas, CES38 75 3 quando a mente devia ser dirigida para a amorável bondade e misericórdia de Deus. É desagradável ao Senhor que Sua bondade, Seu constante cuidado, Seu incessante amor, não sejam trazidos à mente nas ocasiões de aniversário. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890. Prioridade a Deus CES38 76 1 As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta de nossas reais ou supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos devemos separar e oferecer a Deus a parte que de nós requer. Na antiga dispensação uma oferta em ações de graças era conservada sempre queimando sobre o altar, evidenciando assim a eterna obrigação que temos para com Deus. Se somos prósperos em nossos negócios materiais, é porque Deus nos abençoa. Uma parte de nossa renda deve ser consagrada aos pobres e uma grande parte à causa de Deus. Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se um homem rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que possui. -- Testimonies for the Church 4:477. Nosso exemplo divino CES38 76 2 O fundamento do plano da salvação foi estabelecido com sacrifício. Jesus deixou as cortes reais e tornou-Se pobre, para que por Sua pobreza fôssemos enriquecidos. Todos os que participam dessa salvação, adquirida para eles por tão infinito sacrifício do Filho de Deus, seguirão CES38 76 3 o exemplo do verdadeiro Modelo. Cristo foi a principal Pedra de esquina, e sobre esse fundamento devemos nós edificar. Cada um deve possuir espírito de altruísmo e negação do eu. -- Testimonies for the Church 3:387. Cristo avalia as obras de amor CES38 76 4 Cristo dá valor aos atos de sincera cortesia. Quando qualquer pessoa Lhe prestava um favor, com celestial delicadeza Ele a abençoava. Não recusava a mais singela flor arrancada pela mão de uma criança e a Ele oferecida com amor. Aceitava as ofertas dos pequeninos, e abençoava os doadores inscrevendo-lhes o nome nos livros da vida. A unção feita por Maria acha-se nas Escrituras, mencionada como distintivo das outras Marias. Atos de amor e reverência para com Jesus são uma demonstração de fé nEle como Filho de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 564. CES38 76 5 Nenhuma oferta é pequena quando dada com sinceridade e alegria de alma. -- Parábolas de Jesus, 359. A parte de Deus e a nossa CES38 77 1 O único meio ordenado por Deus para o avançamento de Sua causa, visa abençoar os homens com posses. Ele dá-lhes sol e chuva; faz florir a vegetação; dá saúde e habilidade para adquirir meios. Todas as nossas bênçãos vêm de Suas mãos generosas. Por Sua vez espera que homens e mulheres mostrem sua gratidão, devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas -- ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. -- Testimonies, 150. A eficácia da dádiva de amor CES38 77 2 Deus Se deleita em honrar a oferta de um coração que ama, e dá-lhe a mais elevada eficiência em Seu serviço. Se dermos o coração a Jesus, dar-Lhe-emos também as nossas dádivas. Nosso ouro e prata, nossas mais preciosas posses terrestre, nossos mais elevados dotes mentais e espirituais ser-Lhe-ão inteiramente consagrados, a Ele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. -- O Desejado de Todas as Nações, 65. Condição de prosperidade CES38 77 3 As contribuições exigidas dos hebreus para fins religiosos e caritativos, montavam a uma quarta parte completa de suas rendas. Uma taxa tão pesada sobre os recursos do povo poder-se-ia esperar que os reduzisse à pobreza; mas, ao contrário, a fiel observância destes estatutos era uma das condições de sua prosperidade. Sob a condição de sua obediência, Deus lhes fez esta promessa: "Por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril. ... E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias 3:11, 12. -- Patriarcas e Profetas, 527. Cada oferta com seu motivo especificado CES38 77 4 Foi-me mostrado que o anjo relator faz um registro fiel de toda a oferta feita a Deus, e posta no tesouro, bem como dos resultados finais dos meios assim doados. Os olhos do Senhor tomam conhecimento de toda moedinha consagrada a Sua causa, e da boa vontade ou relutância do doador. CES38 77 5 O motivo por que se dá também é registrado. As pessoas abnegadas e consagradas que devolvem a Deus o que Lhe pertence, como Ele requer, serão recompensadas segundo as suas obras. Ainda que os recursos assim consagrados sejam mal aplicados, de modo que não venham a preencher os fins que o ofertante tinha em vista -- a glória de Deus e a salvação de almas -- aqueles que fizeram o sacrifício em sinceridade de coração, com a única finalidade de glorificar a Deus, não perderão sua recompensa. -- Testimonies for the Church 2:518, 519. ------------------------Capítulo 6 -- Princípios que regem a administração Seguir o objetivo CES38 78 1 Não se deve perder de vista o desígnio da Escola Sabatina, ocupando em arranjos formais o tempo que deveria ser empregado para outros assuntos importantes. Devemos sempre guardar-nos das formas e cerimônias que obscureçam o verdadeiro objetivo por que trabalhamos. Há perigo em nos tornarmos tão sistemáticos que a Escola Sabatina se torne fatigante, quando, ao contrário, deve ser um descanso, um refrigério e uma bênção. CES38 78 2 A pureza e simplicidade da Escola Sabatina não devem ser absorvidas por interminável variedade de formas, de maneira que não se possa dedicar tempo suficiente a interesses religiosos. A beleza e êxito da escola estão em sua simplicidade e fervor em servir a Deus. Nada se pode fazer sem ordem e regulamentos, mas estes podem ser arranjados de maneira a excluir maiores e mais importantes deveres. Aos alunos dever-se-ia falar menos sobre os preliminares e sistema externos e muito mais sobre a salvação de sua alma. Deve ser esse o princípio dominante da escola. O perigo da fria formalidade CES38 78 3 A velha, velha história do amor de Jesus, repetida pelos professores e pelo diretor, com esse amor no coração, terá um poder que convencerá e converterá pessoas. Se o amor e ternura de Jesus vos tocarem o coração, sereis capazes de trabalhar por vossos alunos. Deve-se ter em vista a simplicidade do evangelho. Auxiliados pelo Céu, podemos trabalhar fielmente pelo Mestre. Deve-se conservar continuamente perante os alunos o fato de que sem trabalho fervoroso serão em vão todos os nossos esforços. CES38 79 1 Em cada movimento dos professores e dirigentes da escola devem-se ver afeição e amor. A fria formalidade deve ser substituída por fervoroso zelo e energia. Por tal forma deve o amor de Jesus penetrar toda a escola, que os alunos aprendam a considerar isso como a mais elevada educação. A severidade e censura não devem ter lugar na Escola Sabatina e na escola diária. Devem ser afastadas do coração dos professores, e de todos os que têm parte relevante na escola. CES38 79 2 Não haja orgulho nas formas ou trabalhos mecânicos da escola, mas no benefício que é realizado em levar pessoas a Jesus Cristo. Pode-se fazer com que as máquinas correspondam à vontade do homem, trabalhando com perfeita exatidão, mas são destituídas de vida. O mesmo se dá com as escolas em que a formalidade toma o principal lugar; é, como o mármore, sem vida. Quando todos os que estão ligados à escola tiverem um sentimento da responsabilidade de seu trabalho e reconhecerem que se estão esforçando não só CES38 79 3 para o presente, mas para a eternidade, ver-se-ão ordem e harmonia em cada departamento. -- Testimonies on Sabbath School Work, 89, 90. Males do formalismo CES38 79 4 O mal não é resultado da organização, mas de fazer-se de tudo motivo de organização, e tornar a piedade vital de pouca importância. Quando a forma e o mecanismo adquirem a preeminência, e a obra que devia ser feita com simplicidade é transformada em laboriosa tarefa, resultará mal, e pouco será realizado em proporção ao esforço feito. O objetivo da organização é justamente o reverso disto; e se devêssemos nos desorganizar, seria como que demolir o que foi construído. Maus resultados têm sido vistos tanto na Escola Sabatina como na sociedade missionária, pelo fato de fazer-se muito de mecânico, ao passo que a experiência vital é perdida de vista. Em muitos dos supostos melhoramentos levados a efeito, o que se tem feito é colocar o molde humano na obra. Têm sido aceitos na Escola Sabatina, como oficiais e professores, homens e mulheres cuja mente não estava espiritualizada, e que não tomaram vivo interesse na obra a eles confiada; mas apenas mediante o auxílio do Espírito Santo é que se pode pôr em ordem a situação. ... CES38 79 5 Veríamos diferente estado de coisas se determinado número se consagrasse inteiramente a Deus, e então devotasse seus talentos à obra da Escola Sabatina, avançando sempre em conhecimento, educando-se para que pudessem instruir a outros quanto aos melhores métodos CES38 80 1 a serem empregados na obra; mas não devem os obreiros procurar métodos pelos quais ofereçam um espetáculo, consumindo tempo em representações teatrais e exibições de música, pois isto não beneficia a ninguém. Não é bom ensaiar crianças para que façam discursos em ocasiões especiais. Devem elas ser ganhas para Cristo, em lugar de gastar tempo, dinheiro e esforços para uma encenação, que todo esforço seja feito a fim de preparar os molhos para a colheita. CES38 80 2 Muitas pessoas parecem pensar que tudo quanto era necessário na obra da Escola Sabatina era organizar a escola e exercitar os alunos para que pudessem proceder em harmonia com um conjunto de cerimônias e formas; e que se se pudesse conseguir pessoas como professores a Escola Sabatina andaria por si. Muitas vezes são escolhidos professores que não podem levar pessoas a Cristo porque não sabem considerá-Lo precioso a sua própria vida; mas todos os que não dão à alma o valor que os leve a trabalhar como Cristo desejaria que trabalhassem, não estarão ajuntando com Cristo. "Quem comigo [notem estas palavras] não ajunta espalha." Mateus 12:30. Se os professores não sentem a responsabilidade de levar pessoas a Jesus, far-se-ão indiferentes à verdade; tornar-se-ão descuidosos, e a atmosfera com que circundam a alma operará no sentido de afastá-los de Cristo. E com tais elementos na Escola Sabatina, haverá perpétuo conflito com dificuldades; pois quando os professores assumem o trabalho mas não têm interesse nele, os alunos participam do mesmo espírito. -- Fundamentos da Educação Cristã, 253, 254. Necessidade de consagração CES38 80 3 Os que se empenham na obra da Escola Sabatina devem ser pessoas que se tenham consagrado a Deus. Devem ser homens e mulheres fortes na fé, e de ardente compaixão, fervorosos de espírito e interessados em tudo que diz respeito à causa de Cristo. Devem entregar-se ao trabalho com abnegado esforço, qualquer que seja o sacrifício exigido, depondo-se sobre o altar e suplicando, com forte clamor e lágrimas, pela conversão dos jovens ao seu cuidado. Que toda ambição egoísta seja crucificada entre os que, na Escola Sabatina, desejam trabalhar para o Senhor, e "nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo". Filipenses 2:3. Que a primeira ambição do obreiro da Escola Sabatina seja a de educar jovens para, com simplicidade, cumprirem seu dever no temor de Deus. CES38 81 1 A grande necessidade da Escola Sabatina não é de equipamentos, mas de conhecimento nas coisas espirituais. Quão grandemente necessitam os obreiros do batismo do Espírito Santo, para se tornarem verdadeiros missionários de Deus! Devem aprender a exercitar o máximo possível a mente, a fim de poder adquirir melhor conhecimento da verdade bíblica. Os professores da Escola Sabatina devem orar diariamente pedindo luz celestial, a fim de se habilitarem para abrir à mente dos jovens os tesouros da Santa Palavra. Por que não vos humilhar perante o Senhor, permitindo CES38 81 2 que a impressão do Espírito Santo se manifeste em vosso caráter e obra? Há demasiada condescendência consigo mesmos, demasiado formalismo e rotina entre os que se empenham na obra da Escola Sabatina, e tudo isso tende a desviar a pessoa da Fonte de água viva. -- Testimonies on Sabbath School Work, 73, 74. O preparo para a obra da escola sabatina CES38 81 3 Existe entre nós carência de aptidões educadas, e não possuímos homens suficientemente preparados para corresponderem ao trabalho de dirigir nossas igrejas e Escolas Sabatinas. Muitos que conhecem a verdade não a compreendem ainda de maneira a se absterem de introduzir o que é deles próprios ao apresentá-la. Não estão preparados para expô-la de modo que seu caráter sagrado e solene seja claro para o povo. Em vez de menos disciplina, necessitam de mais completo preparo. Impossível é a qualquer pessoa prever para que função poderá ser chamada. Talvez seja colocada em situações em que necessite de pronto discernimento e argumentos ponderados, e portanto é para honra de Cristo que se multipliquem entre nós os obreiros bem educados; estarão mais habilitados a comunicar a verdade de maneira clara, inteligente, e a verdade deve ser apresentada o quanto possível livre de defeitos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 256, 257. Confiança em Deus CES38 81 4 Nossas Escolas Sabatinas não são o que o Senhor deseja que sejam, pois ainda se confia demais nas formas e no CES38 81 5 equipamento, enquanto o vivificante poder de Deus não se manifesta na conversão de pessoas por quem Cristo morreu. Esse estado de coisas deve ser modificado, para que nossas Escolas Sabatinas cumpram o propósito pelo qual existem. ... Quando diretores e professores se entregarem a Deus sem reservas, não só farão resoluções mas também levarão a efeito suas resoluções. Logo que os obreiros da Escola Sabatina e da escola diária, iniciem seu trabalho com a inteira compreensão de sua dependência de Deus, ser-lhes-á dada a graça de Cristo para cooperar com o esforço humano. É importante que cada obreiro compreenda que, ao esforço humano, unido ao poder divino, se seguem a convicção e conversão de pessoas. Ministério ganhador de almas CES38 82 1 Tanto os professores e diretores de nossas Escolas Sabatinas como os pastores no púlpito devem ser inteiramente consagrados, pois todos se empenham na obra de levar pessoas a Cristo. Cada um em seu lugar, deve trabalhar, como o fez Cristo, num espírito de amor para com os que erram, bem como para com os impenitentes. Eis o que Cristo deseja ver na obra da Escola Sabatina. ... Os anjos, que no Céu vêem a face do Pai, guardam as crianças e jovens a quem, como agentes vivos de Deus, ensinais o caminho da salvação. Pensai nisto, diretores e professores; estais em presença dos anjos celestiais, realizando uma obra cujo caráter CES38 82 2 testifica de vossa fidelidade ou infidelidade para com Cristo. ... Auxiliados pelo Espírito Santo CES38 82 3 Os diretores e professores de nossas Escolas Sabatinas devem ser convertidos, salvos de sua habitual insensibilidade. As preciosas lições da verdade não devem ser ensinadas de maneira fraca e sem vida; mas pela diária comunhão com o Senhor, pelo recebimento dos brilhantes raios do Sol da Justiça, acrescentar-se-á poder vivificante aos seus esforços para a conquista de pessoas para Cristo. Devem conservar a mente constantemente fixa em Cristo, para que os pensamentos e impulsos sejam de caráter espiritual e suas maneiras e métodos de ensino estejam sujeitos à direção do Espírito Santo, que, em Sua mais elevada manifestação aos homens, os habilita a desenvolver suas melhores energias, pois Deus neles opera o querer e o efetuar segundo a Sua boa vontade. CES38 82 4 "Sem Mim", disse Cristo, "nada podereis fazer." João 15:5. O obreiro não é deixado só. É-lhe dado o Espírito de Deus, para o querer e o efetuar a boa vontade de Deus, a fim de que não haja ocasião para a carne e suas concupiscências. Professores, segui a guia do Espírito. Ao ser o coração das crianças e jovens constrangido pelo Espírito Santo, convidai-os com ternura e amor, rogando-lhes que se entreguem a Deus. CES38 82 5 As crianças e jovens foram resgatados por Cristo; Ele os comprou por preço infinito. Jesus ama os pequeninos. Olha compassivamente para os jovens, pois sabe que CES38 82 6 Satanás os procurará atrair para o caminho largo, fazendo-lhes parecer sedutor; Jesus ordena aos anjos que tomem especial cuidado dessas pessoas inexperientes, não só no lar como na vida escolar e na Escola Sabatina. O Espírito luta continuamente com eles, procurando levá-los a Deus; e o coobreiro de Deus sentirá sua responsabilidade e trabalhará fervorosamente para conquistar pessoas para Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 41-44. Necessária a fidelidade perseverante CES38 83 1 É rara a paciente e perseverante fidelidade, acompanhada de oração, como a que possuíram esses santos de Deus [Calebe, Ana e Dorcas]; todavia, sem ela a igreja não pode prosperar. Ela é necessária na igreja, na Escola Sabatina e na sociedade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109. Cooperação bem-sucedida CES38 83 2 Os obreiros da Escola Sabatina precisam estar especialmente imbuídos do Espírito de Cristo. Não podem ser colaboradores de Cristo, a menos que Ele, pela fé, lhes habite no coração. ... As crianças precisam de mais decidido esforço com relação à cultura religiosa. Os professores e obreiros dirigentes devem trabalhar, a fim de que haja perfeita harmonia. Deve haver cooperação da parte dos pais, das crianças e professores. Que cada obreiro procure obter tato e sabedoria, de maneira a exercer aquele bem dirigido esforço requerido por Deus. Devemos cultivar tato e discernimento CES38 83 3 para vermos prontamente as oportunidades de fazer o bem e aproveitando-as ao máximo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 20. O Espírito Santo é essencial ao êxito CES38 83 4 Os oficiais e professores da Escola Sabatina necessitam da guia e instrução do Espírito Santo, para serem verdadeiros educadores, capazes de inspirar pensamentos e trazer à lembrança as coisas que ensinaram aos alunos. É obra do Espírito Santo o trazer à mente, de maneira clara e distinta, as palavras e obras de Cristo para que os que ensinam tenham poder para elevar o Redentor do mundo perante o espírito dos alunos. Em todos os arranjos da Escola Sabatina há necessidade do auxílio do Espírito Santo, a fim de que sejam escolhidos para preencher os cargos de responsabilidade de diretores, oficiais e professores, homens e mulheres tementes a Deus. CES38 83 5 Não convém deixar a Escola Sabatina sempre sob a direção de um único homem, pois ele a moldará segundo seu próprio espírito e idéias, mas deve haver obreiros capazes de transmitir novos pensamentos, para que a escola progrida na vida espiritual. A escola pode estar afeiçoada a uma pessoa que tem servido longa e fielmente, mas deve-se considerar o bem da escola, em vez das preferências pessoais de professores e alunos. Quando for evidente que a escola será beneficiada por uma mudança, pela entrada de obreiros que saibam o que seja preocupar-se pela pessoas, nada deve impedir CES38 84 1 essa mudança. Embora, por esse arranjo, sejam depostos do cargo, os que não têm ambição de exaltar o próprio eu hão de lançar mão de todo auxílio pelo qual os alunos na escola possam progredir e ser elevados. Os que são idosos e experientes na obra alcançaram aquilo que é de auxílio à causa de Deus, e os mais novos, que ainda não se adaptaram inteiramente à obra, devem seguir o exemplo dos irmãos mais velhos que se provaram fiéis naquilo que lhes foi entregue às mãos, a fim de que sejam assim educados em sabedoria e tato e obtenham o êxito essencial ao bom trabalho. ... Perguntas importantes CES38 84 2 Por que razão há, em nossas igrejas, muitos que não estão firmados, arraigados e fundados na verdade? Por que se acham na igreja os que andam em trevas e não têm nenhuma luz, cujos testemunhos são poucos sinceros, frios e queixosos? Por que existem pessoas cujos pés parecem prestes a desviar-se por veredas proibidas e que sempre têm a contar uma triste história de tentação e derrota? Sentiram os membros da igreja sua responsabilidade? Cuidaram os anciãos e diáconos dos fracos e apostatados? Compreenderam eles que os inconstantes estão em perigo de perder a vida eterna? Procurastes, por preceito e exemplo, firmar na Rocha eterna os pés dos extraviados? Compreenderam os professores e oficiais da Escola Sabatina que têm de fazer a obra de guiar CES38 84 3 por caminhos seguros os passos dos jovens e que, para serem ganhadores de pessoas para o Mestre, devem considerar como nada todo interesse egoísta? Há, em cada ramo da obra, decidida necessidade de reforma. Poder vivificador CES38 84 4 Em nossa obra da Escola Sabatina passam desaproveitadas maravilhosas oportunidades. Que homens e mulheres de variados dons lancem mãos ao trabalho e, no temor de Deus, façam o melhor para salvar nossa juventude. Os que têm um modo formal de fazer as coisas não devem ter a completa direção da escola, moldando-a em maneiras formais e hábitos precisos, e sufocando-lhe a vida em uma multiplicidade de regulamentos. É essencial ter ordem, mas a par de nossas regras e regulamentos, temos necessidade de muito mais conhecimento espiritual. Necessitamos de poder vivificante, zeloso entusiasmo e verdadeira animação, para que nossas escolas se encham de uma atmosfera de verdadeira piedade e pureza; para que haja real progresso religioso; para que o temor do Senhor circule pela escola; para que o diretor e dirigentes não se satisfaçam com um processo morto, formal, mas coloquem em ação todos os meios possíveis a fim de que a escola se torne a mais nobre e eficiente no mundo. Deve ser esse o objetivo e ambição de todo obreiro da escola. Necessitam-se verdadeiros diretores CES38 85 1 Os dirigentes de nossas escolas devem ser homens e mulheres de pronta intuição, que tenham o Espírito de Deus CES38 85 2 para ajudá-los a ler o caráter, possuam capacidade de dirigir, compreendam diferentes feitios de caráter e mostrem tato e sabedoria ao tratar com várias mentes. CES38 85 3 Há muitos que, nominalmente, podem preencher o lugar de diretor, mas o que se precisa é de homens que o façam em todo o sentido da palavra. Há muitos que têm suficiente capacidade para desempenhar-se quanto às formalidades, mas falham em comunicar ânimo e esperança, inspirar idéias, despertar energia e comunicar tal vida que a escola se torne em vivo e crescente poder para o bem. CES38 85 4 Para os professores há também um grande campo aberto, e devem procurar compreender como trabalhar de maneira a dirigir e desenvolver a mente e o coração das crianças. Devem ter a sabedoria que do alto vem, para terem êxito ao tratar com os jovens e crianças. Muitos professores são curtos de vistas, e têm para com os jovens um procedimento que não tende a bons resultados; e, em vez de progresso, há retrocesso. O que tanto obreiros como alunos necessitam é o dom do Espírito Santo, para que não haja reformas intermitentes, mas firme crescimento na graça, constante aumento de vida e poder espirituais. -- Testimonies on Sabbath School Work, 91-94. Inabilitados para verdadeira liderança CES38 85 5 Nossas Escolas Sabatinas, que devem instruir as crianças e jovens, são demasiado superficiais. Seus dirigentes precisam cavar mais fundo. Precisam pensar mais no trabalho que estão fazendo e esforçar-se mais por ele. É-lhes necessário CES38 85 6 estudar mais plenamente a Bíblia e ter mais profunda experiência religiosa, para saber como dirigir a Escola Sabatina segundo a ordem divina e guiar ao Salvador crianças e jovens. É este um dos ramos da obra que sofre por falta de homens e mulheres eficientes, que reconheçam sua responsabilidade para com Deus no sentido de usar suas faculdades, não para se vangloriarem, exibindo o próprio eu, mas para fazer bem. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111. Sem o Espírito CES38 86 1 Devemos subir a um plano de ação mais elevado. Que o Espírito de Jesus vitalize a vida dos obreiros. Então seus planos e métodos de trabalho serão de molde a conquistar pessoas para Jesus Cristo. Em nossas igrejas grandes, onde existem muitas crianças e jovens, há maior perigo de dirigir a Escola Sabatina de modo a tornar-se mera formalidade, mecânica e desanimada. Há falta de Jesus. -- Testimonies on Sabbath School Work, 14. Escolha de oficiais CES38 86 2 As mulheres cristãs podem exercer benéfica influência sobre jovens e crianças. Suas capacidades são talentos que Deus lhes confiou e devem ser inteiramente consagrados ao serviço do Mestre. Muitos são prontos em discernir e eficientes em executar, mas precisam estar intimamente ligados a Deus. Buscarão novos modos de desenvolver o caráter e educar a juventude para usar os talentos que Deus lhes deu. CES38 86 3 Ao escolher oficiais, de tempos em tempos, assegurai-vos de que não vos dominam preferências pessoais, mas colocai em cargos de confiança os que amam e temem a Deus e que dEle fazem seu Conselheiro. Sem o amor e o temor de Deus, por mais brilhantes que sejam intelectualmente, haverá fracasso. Jesus declarou: "Sem Mim nada podereis fazer." João 15:5. Essa questão da escolha de oficiais não deve ser deixada sob o domínio dos alunos da Escola Sabatina. A freqüente mudança de oficiais será uma vantagem para a escola, pois a mente de um único homem não deve moldar todas as outras. Pode ele possuir excelentes qualidades e, não obstante, ser deficiente em algumas coisas. Outra pessoa escolhida pode ser eficiente onde aquela estava em falta. Mentes e qualidades diversas introduzirão novas idéias, novos pensamentos, e isso é essencial. Mas, sobretudo, escolhei os que, na simplicidade de sua vida, estejam andando na verdade, que amem e temam a Deus, e aprendam em Sua escola. Tais pessoas levarão os alunos para a frente e para cima. Sob a liderança de professores sábios, os alunos terão crescente interesse na Palavra de Deus e mais profundo conhecimento das Escrituras. Que Cristo seja o tema de cada lição. As lições por Ele dadas a Seus discípulos são da mais elevada importância. -- Testimonies on Sabbath School Work, 83, 84. Conselhos aos diretores CES38 86 4 Há um diligente trabalho a ser feito em nossas Escolas Sabatinas, e os que as dirigem devem agir com tato e CES38 87 1 sabedoria. O lidar com as mentes, deixando a correta impressão e dando ao caráter o cunho devido, é bela e importante obra. É sábio o educador que procura desenvolver a capacidade e o talento do estudante, em vez de esforçar-se constantemente por comunicar instrução. CES38 87 2 Em diversas ocasiões, tenho recebido cartas indagando relativamente aos deveres do diretor da Escola Sabatina. Um deles, que se sentia pesaroso por não poder despertar mais profundo interesse por parte de professores e alunos, declarou que gastava muito tempo em conversar com eles, explicando-lhes tudo que julgava essencial que compreendessem e, não obstante, parecia haver grande falta de interesse. Não se comoviam religiosamente. Desejaria dizer a esse sincero irmão, bem como a todos os que tenham idênticas dificuldades em seu trabalho: Examinai para ver se não sois responsáveis, em grande medida, por essa falta de interesse religioso. Observações cansativas CES38 87 3 Muitos procuram fazer demais, deixando de animar os professores e estudantes a fazer o que lhes é possível. Precisam de grande simplicidade e fervor religioso. Na Escola Sabatina e na reunião dos professores, fazem discursos longos e secos, fatigando a mente dos professores e alunos. Essas observações estão muito fora de propósito. Não adaptam sua instrução às necessidades reais da escola e falham em atrair a si os corações, pois seu próprio coração não está cheio de simpatia espiritual. Não compreendem que, CES38 87 4 com seus discursos longos e enfadonhos, estão matando o interesse e o amor pela escola. ... CES38 87 5 Quando o coração dos obreiros for unido em simpatia com Cristo, quando Jesus neles habitar pela fé viva, seus discursos não serão tão longos nem manifestarão metade da loquacidade de agora, mas o que dizem em amor e simplicidade alcançará o coração, levando-os em íntima simpatia com professores, alunos e membros da igreja. Poder na simplicidade CES38 87 6 O verdadeiro educador conquistará o coração dos ouvintes. Suas palavras serão poucas, mas fervorosas. Vindas do coração, serão cheias de simpatia, aquecidas com o amor pelas preciosas almas. Podem ser limitadas suas vantagens educacionais, pode possuir pouca habilidade natural, mas o amor pela obra e a prontidão em trabalhar com humildade o habilitarão a despertar profundo interesse tanto nos professores como nos alunos, atraindo a si o coração dos jovens. Seu trabalho não será mera formalidade. Pode ter a habilidade de extrair, tanto dos professores como dos alunos, preciosas gemas de verdades espirituais e intelectuais e, assim, educando a outros, educa-se a si mesmo. Os alunos não se intimidam por sua ostentação de profundo saber e, em linguagem simples, contam qual a impressão que a lição lhes exerceu no espírito. O resultado é um profundo e vivo interesse na escola. Pela simplicidade do evangelho de Cristo, alcançou-os onde estavam. CES38 88 1 Tocou-lhes o coração, podendo agora moldá-los à imagem de seu Mestre. CES38 88 2 Um intelecto agudo e penetrante pode ser vantajoso, mas o poder do educador reside em sua íntima união com a Luz e a Vida do mundo. Amará a humanidade e sempre procurará levá-la a um nível mais elevado. Não estará sempre censurando outros, mas terá o coração cheio de piedade. Não será grande a seus próprios olhos nem procurará constantemente favorecer a si mesmo, elevando sua dignidade; mas a humildade de Jesus se personificará em sua vida. Experimentará a verdade das palavras de Jesus: "Sem Mim nada podereis fazer." João 15:5. Há grande necessidade de tais professores. Deus cooperará com eles. "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração" (Mateus 11:29), declara Cristo. Muitos que se empenham na obra da Escola Sabatina, precisam ser divinamente iluminados. Falta-lhes visão espiritual para compreender as necessidades das pessoas por quem trabalham. ... Evitar a crítica e a aspereza CES38 88 3 Diretores, não ralheis nem vos queixeis em presença de professores ou alunos. Se desejais influenciar a escola para o bem, ponde de parte o açoite e exercei uma inspiradora influência celestial, que vos conquistará a mente de todos. Ao fazer planos e regulamentos para a escola, que eles representem tanto quanto possível, a voz da mesma. Em algumas escolas, há um forte espírito de crítica. Há muita regra e formalismo, enquanto o mais importante, a misericórdia e o amor CES38 88 4 de Deus, é negligenciado. Haja boa disposição da parte de todos. Se alguém tiver a alma rodeada de trevas, deve trabalhar fora, ao sol, antes de entrar na Escola Sabatina. A mãe, que constantemente fala de suas decepções, queixando-se aos filhos de sua falta de apreciação, não pode exercer sobre eles adequado controle. O mesmo se dará convosco, professores e diretores. Se notais uma falta a esse respeito, não deveis diminuir vossa influência, falando disso; mas exercei influências que corrijam o mal. Planejai, estudai como conseguir uma escola bem organizada, bem disciplinada. -- Testimonies on Sabbath School Work, 16-19. Observação de uma criança CES38 89 1 Certa vez, ao dirigir uma Escola Sabatina, um diretor geral foi muito seco, cansativo e desinteressante. Uma mãe perguntou a sua filha de dez anos se ela apreciara o culto, e o que dissera o pastor. Respondeu a menina: "Ele falou, falou, falou, e não disse nada." Ora, nós não queremos um relatório como esse acerca de nosso trabalho. Para a obra que possivelmente nós mesmos tenhamos de fazer, é-nos preciso o melhor preparo, a fim de termos êxito ao ensinar aos outros aquilo que aprendemos. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111, 112. Pontualidade CES38 89 2 É uma triste falha o fato de muitos estarem sempre atrasados em relação ao tempo no sábado de manhã. São muito CES38 89 3 cuidadosos de seu tempo particular, e não se permitem perder uma hora sequer; mas o tempo do Senhor, do único dia dos sete que Ele reivindica como Seu, e pede que a Ele o devotemos, uma boa parte é dissipada em virtude de levantarem-se tarde da cama pela manhã. Estão desta forma roubando a Deus. Isto os leva a se atrasarem em tudo; produz confusão na família, resultando afinal em chegarem todos tarde à Escola Sabatina e talvez, ao culto. Mas por que não nos havemos de levantar com os pássaros e oferecer louvores e agradecimentos a Deus? Experimentai-o, irmãos e irmãs. Tende tudo preparado na véspera, e vinde prontamente para a Escola Sabatina e culto, e assim não apenas beneficiareis aos outros mas recebereis ricas bênçãos. -- The Youth's Instructor, 19 de Março de 1879. CES38 89 4 A pontualidade e decisão na causa e obra de Deus são altamente essenciais. -- Testimonies for the Church 3:500. Começar na hora certa CES38 89 5 As reuniões de conferências e oração não devem tornar-se tediosas. Todos devem estar prontos, se possível, na hora indicada; e se há retardatários, que estejam atrasados meia hora, ou mesmo quinze minutos, não se deve esperar por eles. Se houver apenas dois presentes, podem reivindicar a promessa. A reunião deve ser iniciada na hora marcada, se possível, estejam presentes muitos ou poucos. -- The Review and Herald, 30 de Maio de 1871. Como tratar alunos extraviados CES38 90 1 Na Escola Sabatina seremos chamados a tratar com os que cometem faltas e caem em pecado e erro. Em Sua palavra, Cristo nos deu lições muito claras com referência ao tratamento dos que erram, mas muitos têm falhado na prática dessas lições. Não as estudaram, entesourando-as no coração, para que o Espírito Santo pudesse iluminar o entenebrecido entendimento, sensibilizando e quebrantando o coração de pedra tanto do professor como do aluno. O Espírito Santo tornará o coração sensível e compassivo, libertando-o do orgulho e egoísmo. CES38 90 2 Pela sua má conduta, os alunos na Escola Sabatina são propensos a fazer aquilo que aborrecerá o professor, mas este não deve dizer palavras severas e manifestar um espírito desgovernado; pois, assim procedendo, não estará usando a espada do Espírito, mas as armas de Satanás. Embora seja difícil a má conduta do aluno, embora o mal deva ser corrigido, observadas as regras e a justiça respeitada, o professor deve observar o caminho do Senhor, unindo a misericórdia à justiça. Contemple ele a cruz do Calvário, considerando como a misericórdia e a verdade se encontraram, como a justiça e a paz se beijaram. Lá, por meio do sacrifício divino, pode o homem reconciliar-se com Deus. Ao contemplar o amor de Cristo, abrandar-se-vos-á o coração para tratar a juventude como a membros mais novos da família do Senhor. Lembrar-vos-eis de que são propriedade de Cristo e vosso desejo será tratá-los como Ele vos tratou. CES38 90 3 O tratamento áspero nunca ajudará o jovem a ver seus erros ou a reformar-se. Que as regras e regulamentos da escola sejam executados no Espírito de Jesus e, quando a repreensão se fizer necessária, que essa desagradável tarefa seja feita com tristeza unida ao amor. Não deveis sentir ser vosso dever repreender abertamente ao aluno, humilhando-o assim diante de toda a classe. Não será esse um exemplo adequado para as crianças, pois será como semente que há de produzir colheita semelhante. Nunca anuncieis os erros de qualquer aluno fora do círculo em que precisam ser conhecidos, pois, se assim for feito, deixar-se-á na mente a impressão de que a pessoa em falta foi tratada injustamente, criando-se simpatia para com ela. Ao expor a pessoa em falta, poderá ela ser lançada ao campo de batalha de Satanás, e desse momento em diante ir decididamente para baixo. Cristo nos suportou longamente e devemos ser semelhantes a Ele. Não nos rejeita por causa de nossos erros, mas repreende com ternura, atraindo-nos a Si pelo amor. Necessitam-se sabedoria e paciência CES38 91 1 Se o professor verificar ser impossível sujeitar um aluno à disciplina, deve removê-lo para outra classe; pois talvez outro professor seja capaz de suprir a deficiência. O que falta a um professor, outro pode possuir; mas, se puderdes obter a confiança do jovem, unindo-o ao vosso coração pelos laços de simpatia e amor talvez conquisteis uma pessoa para Cristo. CES38 91 2 O rapaz caprichoso, voluntarioso, independente, pode vir a transformar-se no caráter. CES38 91 3 Conquanto seja necessário ter amor e simpatia para com os alunos, é manifesta fraqueza mostrar parcialidade, levantando assim suspeita e ciúme. As crianças discernem prontamente as preferências do professor e muitas vezes o aluno favorecido mede sua força, aptidão e habilidade com as do professor no manejo da classe, podendo decidir-se a ser mestre. A menos que tenha a graça de Cristo, o professor manifestará fraqueza, tornando-se impaciente, exigente e severo. O líder da classe geralmente transmitirá seu propósito a outros alunos e haverá um esforço combinado para obter o domínio. Se, pela graça de Cristo, o professor exercer domínio próprio, segurando as rédeas com mão firme e paciente, subjugará o elemento impetuoso e preservará o respeito próprio e o acatamento dos alunos. Uma vez restabelecida a ordem, devem-se manifestar bondade, mansidão e afeto. Pode ser que a rebelião se repita muitas vezes, mas não mostreis temperamento impulsivo. Não faleis severamente à pessoa em falta, desanimando uma alma em luta com o poder das trevas. Calai-vos e elevai o coração a Deus, suplicando auxílio. Anjos vos estarão ao lado, ajudando-vos a levantar o estandarte contra o inimigo e, em vez de excluir o extraviado, sereis habilitados a ganhar uma pessoa para Cristo. -- Testimonies on Sabbath School Work, 77-80. Como alcançar o respeito CES38 91 4 Reconheçam os professores que, qualquer que seja a dificuldade, devem eles defrontá-la no espírito de Jesus. Não enfrenteis contenda com contenda. Tereis de tratar com voluntariosidade, teimosia, indolência e frivolidade, mas, em todas as emergências, manifestai bondade e amor e, por meio de paciência e domínio próprio, conservai a afeição dos alunos, dando-lhes motivo para crer que todo vosso desejo é fazer-lhes bem. Demonstrai a vossos alunos que confiais neles. Visitai-os em seus lares, convidando-os para ir a vossa casa. Que eles vejam que os amais não só em palavra, mas em obra e verdade. CES38 91 5 O professor não precisa ter pretensões especiais à dignidade, desde que obtenha o respeito dos alunos por meio de um comportamento semelhante ao de Cristo, manifestando bondade e cortesia cristãs. Deve educar os alunos como Cristo educou Seus discípulos, fazendo impressões que o tempo não possa apagar. Sua influência deve moldar os alunos segundo o divino Modelo e, se assim proceder, só a eternidade revelará o valor de seu trabalho. O professor deve despertar nos alunos a natureza moral, inspirando-lhes o desejo de corresponder aos instrumentos divinos. Quebrar a vontade CES38 92 1 Nunca se deveriam empregar como professores os que são egoístas, impertinentes, ditatoriais, rudes e grosseiros, e que não consideram cuidadosamente os sentimentos de outros. CES38 92 2 Exercerão sobre os alunos desastrosa influência, moldando-os segundo seu próprio caráter e assim perpetuando o mal. Pessoas desse caráter esforçar-se-ão por quebrar a vontade de um rapaz indisciplinado, mas Cristo não autorizou tal maneira de tratar com os que erram. Por meio de sabedoria celestial, mansidão e humildade de coração, os professores se habilitarão a dirigir a vontade e a conduzi-la pelo caminho da obediência; porém. ninguém imagine que, por meio de ameaças, se obtenha a afeição do aluno. Precisamos trabalhar como Cristo trabalhou. CES38 92 3 Muitos avaliam pouco a malignidade de um erro em si mesmos, enquanto reconhecem inteiramente a influência do mesmo em outros. Por toda parte encontramos os que ignoram completamente que possuem características que precisam ser modificadas. Outros vêem seus repreensíveis traços de caráter, mas, ao serem repreendidos, imaginam-se mal julgados. À luz da eternidade, deve o professor examinar atentamente o próprio coração, a fim de representar perante os alunos aquilo que ele deseja que sejam. Devem aprender diariamente na escola de Cristo, permanecendo nEle como o ramo na videira, para que possa comunicar aos outros o que dEle recebeu. Disciplina própria CES38 92 4 O professor que deseja sujeitar os alunos à disciplina, deve primeiramente colocar-se sob a influência de Cristo, que declarou: "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da CES38 92 5 vida." João 8:12. Sendo divinamente iluminados, trabalhareis como Cristo trabalhou, pois, por vosso intermédio, Sua luz poderá brilhar sobre o caminho de todo transgressor impenitente com quem vos associais. Sois realmente um mestre nos caminhos de Deus? Se fordes professor convertido, sereis capaz de conquistar, não afastar, atrair, não repelir as pessoas por quem Cristo morreu. Tendo cuidado das ovelhas e cordeiros do rebanho de Cristo, haveis de guardá-los. Se se desviarem, não haveis de deixá-los perecer, mas saireis a procurar e salvar o que se tiver perdido. Todo o Céu se prontificará a ajudar-vos nessa boa obra. Os anjos vos auxiliarão em vossos esforços por encontrar a chave que abrirá o coração do mais incorrigível e indisciplinado. Recebereis graça e força especiais por meio de Cristo, que de Sua incomensurável plenitude vos pode suprir abundantemente. Sereis então qualificados para cooperar com Deus e ser um com Cristo em vosso esforço para salvar os perdidos, e o resultado de vosso trabalho de amor será visto não só agora, mas através de toda a eternidade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 80-82. Relembrando nossa infância CES38 93 1 Alguns pais -- como também alguns professores -- parece esquecerem que já foram uma vez crianças. São sérios, frios e hostis. Onde quer que sejam levados em contato com os jovens -- no lar, na Escola Primária, na Escola Sabatina ou na igreja -- mantêm o mesmo ar autoritário, e sua fisionomia apresenta sempre uma expressão de solene reprovação. CES38 93 2 A alegria, as travessuras, a incessante atividade da vida jovem, não encontram desculpa aos seus olhos. Insignificantes peraltices são tratadas como graves pecados. Tal disciplina não é cristã. Crianças assim educadas temem os pais ou professores mas não os amam; não confiam a eles suas experiências infantis. Algumas das mais preciosas qualidades da mente e coração arrefecem até à morte, como a tenra planta ante o vento hibernal. CES38 93 3 Sorride, pais; sorride, professores. Se tendes o coração pesaroso, não permitais que vossa face o revele. Permiti que o sol que brilha num coração pleno de gratidão e amor vos ilumine o rosto. Aliviai-vos da férrea dignidade; adaptai-vos às necessidades das crianças e fazei que elas vos amem. Necessitais conquistar-lhes a afeição, se desejais imprimir em seus corações a verdade da religião. -- Fundamentos da Educação Cristã, 68. O poder do silêncio CES38 93 4 Os que desejam governar a outrem devem primeiramente governar-se a si mesmos. O tratar apaixonadamente com uma criança ou jovem, somente despertará o seu ressentimento. Quando um pai ou professor se torna impaciente e está em perigo de falar imprudentemente, fique em silêncio. Há um maravilhoso poder no silêncio. CES38 93 5 O professor deve esperar encontrar disposições perversas e corações rebeldes. Mas ao tratar com eles nunca deve esquecer-se de que ele mesmo foi criança, necessitando de disciplina. Mesmo agora com todas as vantagens de idade, educação e experiência, CES38 94 1 muitas vezes erra, e necessita de misericórdia e perdão. Tratando com os jovens, deve ter em vista que está a tratar com os que têm inclinações para o mal, idênticas às suas. Eles têm quase tudo a aprender, e para alguns isso é muito mais difícil do que para outros. Com o aluno ignorante deve conduzir-se pacientemente, não censurando sua ignorância, mas aproveitando toda oportunidade de o animar. Com alunos sensíveis e nervosos, deve tratar com brandura. A intuição de suas próprias imperfeições deve constantemente levá-lo a manifestar simpatia e paciência para com os que também estão a lutar com dificuldades. CES38 94 2 A regra do Salvador -- "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também" (Lucas 6:31) -- deve ser a regra de todos os que empreendem a educação das crianças e jovens. Estes são os membros mais novos da família do Senhor; herdeiros conosco da graça da vida. A regra de Cristo deve ser religiosamente observada em relação aos menos inteligentes, aos de menor idade, aos mais desatinados, e mesmo aos transviados e rebeldes. ... Os braços estendidos de Cristo CES38 94 3 O divino Mestre suporta os que erram, em toda a perversidade deles. Seu amor não se arrefece; não cessam Seus esforços para ganhá-los. Com os braços estendidos Ele espera para, repetidas vezes, dar as boas-vindas aos errantes, rebeldes, e mesmo aos apóstatas. Seu coração Se sensibiliza com o desamparo da criancinha sujeita a um tratamento severo. O clamor do sofrimento humano jamais atinge Seu ouvido em vão. Se bem que todos CES38 94 4 sejam preciosos a Sua vista, as disposições incultas, intratáveis, obstinadas, atraem mais intensamente Sua simpatia e amor; pois Ele avalia os efeitos pelas causas. Aquele que mais facilmente é tentado e mais propenso a errar, constitui o objeto especial de Sua solicitude. CES38 94 5 Todo pai e professor deve lembrar os atributos dAquele que faz da causa dos aflitos, sofredores e tentados, a Sua própria causa. Deve ser pessoa que possa "compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza". Hebreus 5:2. Jesus nos trata muito melhor do que merecemos; e assim como Ele nos tem tratado devemos tratar aos outros. Não se justifica o procedimento de nenhum pai ou professor, que seja diferente daquele que o Salvador seguiria, sob idênticas circunstâncias. -- Testimonies on Sabbath School Work, 119-121. Essencial a disciplina e a ordem CES38 95 1 Em nossas Escolas Sabatinas deve haver disciplina e ordem. As crianças que as freqüentam, devem apreciar os privilégios que gozam, e deve-se-lhes exigir que observem os regulamentos da escola. -- Testimonies on Sabbath School Work, 7, 8. CES38 95 2 Se, pela fé, Cristo lhe habitar no coração [do professor], o pecado tornar-se-lhe-á revoltante. Conquanto tenha amor, bondade e ternura para com os alunos ao seu cuidado, reconhecerá que, como servo fiel, deve disciplinar e preservar a ordem na classe. Se acariciar a verdade, o amor do Salvador revelar-se-á em suas palavras e comportamento. CES38 95 3 Para ele a Palavra de Deus não é letra morta; ele prestará serviço não só com os lábios, mas com o coração. -- Testimonies on Sabbath School Work, 25, 26. Manter o domínio próprio CES38 95 4 Os alunos de vossa classe podem ser obstinados e inclinados ao mal, provando severamente a vossa paciência e, não obstante, seu coração é o terreno em que podeis semear a semente celestial que produzirá bons frutos. Se não estiver possuído do Espírito de Deus, o professor perderá o ânimo, o domínio próprio e, por meio de uma palavra impaciente ou de severa repreensão, anulará toda a sua influência e sua obra será um fracasso. -- Testimonies on Sabbath School Work, 44. Repreender, acusar, irar-se não adianta CES38 95 5 Repreender, acusar e irar-se, quando os alunos manifestam espírito de desassossego e travessura, nenhum bem produzirá. Lembrai-vos de que deveis ser pacientes coobreiros de Deus e que todo o Céu se interessa no trabalho que estais fazendo. Qualquer parte na obra de Deus significa labuta e angústia de alma. "Portai-vos varonilmente e fortalecei-vos." 1 Coríntios 16:13. Perguntai a vosso Mestre, que Se submeteu à humilhação e suportou a morte de cruz: Que queres que eu faça? Empregai na obra todos os talentos que vos foram confiados e negociai com eles. A graça de Cristo vos habilitará a fazer precioso trabalho para o Mestre. Tendes ao vosso dispor a riqueza dos divinos recursos e, por meio de CES38 95 6 oração e fé, podeis apoderar-vos das promessas de Deus, adaptando-as a vossas necessidades. O amor, poder que subjuga CES38 96 1 Consagrai-vos inteiramente ao serviço dAquele que vos amou e Se entregou a Si mesmo por vós. Disse Jesus: "Nisto é glorificado Meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos." João 15:8. Isto se aplica tanto à Escola Sabatina como ao ministério. É agora a áurea oportunidade de semear a preciosa semente que há de germinar e produzir frutos para a vida eterna. Podeis ser agora um cheiro de vida para vida, pois quando transmitis a outros a verdade que obtivestes por meio de profunda experiência, ela possui poder vivificador, que impressionará os corações, atraindo-os a Jesus. Quando Cristo está atraindo e Seus coobreiros trabalham em harmonia com Ele, deve ser realmente duro o coração que não se sinta impressionado e subjugado pelo poder do divino amor. -- Testimonies on Sabbath School Work, 69, 70. Competições e prêmios CES38 96 2 No sábado de manhã [acampamento de Marshalltown, Iowa, 16 de Agosto de 1884], reuniu-se um grande grupo para a Escola Sabatina(3). Arranjaram-se logo classes, incluindo todos menos uns poucos que preferiram assentar-se fora da tenda. Mas esses não ficaram a seus próprios cuidados; foram designados professores, e formaram-se duas ou três classes interessantes. Todos se achavam ocupados como abelhas, e por toda parte, tanto na tenda como fora, ouvia-se zunzum de vozes. CES38 96 3 A escola foi bem dirigida e em boa ordem, e para mim os trabalhos foram muito interessantes. CES38 96 4 Falei-lhes, a pedido, cerca de trinta minutos, admoestando-os a não deixar a Escola Sabatina degenerar em mera rotina mecânica. Não devemos procurar imitar as escolas dominicais, nem conservar o interesse por meio de oferecimento de prêmios. O oferecimento de recompensas, produzirá rivalidade, inveja e ciúme; e alguns dos que forem os mais diligentes e dignos receberão pouco apreço. Os alunos não devem procurar ver quantos versículos são capazes de aprender e dizer de cor; pois isso produz demasiado esforço na criança ambiciosa, ao passo que as demais se tornam desanimadas. CES38 96 5 Não experimenteis em vossa Escola Sabatina nenhum desses métodos, mas façam os diretores e professores todo esforço para que a escola tenha vida e interesse. Que bênção não seria se todos ensinassem como Jesus o fazia! Não era Seu desígnio atrair a atenção pela eloqüência e grandeza de sentimento. Ao contrário, Sua linguagem era singela, e Seus pensamentos expressos com grande simplicidade; mas falava com amorável fervor. Em vosso ensino, aproximai-vos dEle tanto quanto possível. Tornai interessantes vossos exercícios. Demonstrem os professores que aprenderam bem a lição e por ela se interessam intensamente. Não haja frívolas ou superficiais interpretações das Escrituras, mas estejam todos preparados para ir ao âmago do assunto apresentado. -- Testimonies on Sabbath School Work, 110, 111. A Escola Sabatina e o culto CES38 97 1 A Escola Sabatina de ... tornara-se para o irmão E. o grande e único tema de interesse. Absorvia ela a mente dos jovens, enquanto outros deveres religiosos eram negligenciados. Freqüentemente, depois de terminada a Escola Sabatina, o diretor, alguns professores e alunos voltavam para casa, a fim de descansar. Sentiam estar, nesse dia, terminada sua responsabilidade e não terem mais dever algum. Quando o sino anunciava a hora do serviço público, o povo, que partia de seus lares para a casa de culto, encontrava grande parte da escola que voltava para casa. E, embora importante, a reunião não conseguia despertar-lhes o interesse na instrução dada pelo pastor sobre valiosos assuntos bíblicos. Ao passo que muitas das crianças não assistiam ao serviço público, as que ficavam não recebiam auxílio da palavra falada, porque a julgavam enfadonha. -- Testimonies on Sabbath School Work, 7. Escolas Sabatinas de grupos pequenos CES38 97 2 Podem-se levantar, em muitos lugares, grupos de observadores do sábado. Muitas vezes não são grandes, mas não devem ser negligenciados nem deixados a morrer por falta de preparo e adequado esforço pessoal. O trabalho não deve ser deixado prematuramente. Antes de partir de um para outro campo, vede que todos estejam inteirados da verdade, estabelecidos na fé e interessados em cada ramo da obra. ... CES38 97 3 Tem-se provado no campo missionário que, qualquer que seja o talento do pregador, se a parte prática for negligenciada, se o povo não for ensinado a trabalhar, a dirigir reuniões, a fazer sua parte no trabalho missionário e a alcançar com êxito o povo, a obra será qual um fracasso. Na Escola Sabatina, há também muito a ser feito no sentido de levar o povo a compreender seu dever e a desempenhar sua parte. Deus chama-os para Seu trabalho, e os pastores devem guiar-lhes os esforços. -- Testimonies on Sabbath School Work, 109. A Escola Sabatina nas reuniões gerais CES38 97 4 Caros irmãos e irmãs, que assistis a nossas reuniões anuais, desejo dirigir-vos algumas palavras em benefício de nossas Escolas Sabatinas. É este um dos ramos da obra, e não deve ser deixado ao acaso ou dirigido a esmo. Se essas Escolas Sabatinas fossem dirigidas como deviam, seriam aprofundados os esforços feitos no púlpito para apresentar a verdade de maneira a ganhar pessoas; e se o trabalho feito for apoiado por obreiros interessados na Escola Sabatina, grande bem será feito. Mas não é suficiente fazer a Escola Sabatina mover-se como bem regulado maquinismo. Deve haver obreiros práticos; os professores devem ter viva união com Deus, desejo de estudar, dando tempo e fervor moral a seu trabalho e não se sentindo satisfeitos antes de terem realizado alguma coisa. ... CES38 98 1 É importante que, nas Escolas Sabatinas de nossas reuniões gerais, os exercícios sejam dirigidos com ordem, prontidão e eficiência. Assim, ao voltar o povo para seu lar, será dado o devido cunho às Escolas Sabatinas de diferentes igrejas. Não permitais que negócios ou outros interesses ocupem a atenção da Escola Sabatina, de modo a ser ela considerada uma questão de nenhuma importância especial. -- Testimonies on Sabbath School Work, 12-14. Sugerem-se cursos locais CES38 98 2 As instruções relativas à direção da Escola Sabatina devem, em grande parte, ser dadas nas igrejas locais, pois assim o trabalho será mais direto e os resultados mais permanentes. Esta obra não requer os esforços dos pastores, que devem estar livres para atender aos interesses espirituais do povo. Devem eles ensinar aos outros como agir. Precisam instruir o povo quanto à maneira de ir ao Senhor e como levar outros a Ele. -- Testimonies on Sabbath School Work, 113, 114. Convenções da Escola Sabatina CES38 98 3 Pergunta -- Acha a Irmã White que os pormenores do trabalho de preparar os obreiros da Escola Sabatina pertencem à mesma categoria? [Isto é, à mesma categoria que treinar colportores e obreiros bíblicos, e realizar aulas culinárias em nossas reuniões campais.] CES38 98 4 Resposta -- Exatamente: não é esse o lugar para isso. Isso deve ser feito, mas tem seu tempo e lugar. CES38 98 5 Pergunta -- Julga que se deva realizar, para esse fim, uma convenção da Escola Sabatina? CES38 98 6 Resposta -- Isso está certo; reúnam-se os encarregados da responsabilidade dessa obra e não detenham o povo lá [nas reuniões anuais] para ouvir essas particularidades. Eles não têm trabalho especial para fazer nesse ramo. O tempo é demasiado precioso para ser gasto dessa maneira. -- Testimonies on Sabbath School Work, 114. ------------------------O Colportor Evangelista CEv v 1 Prefácio CEv 1 1 Capítulo 1 -- Nossa literatura e sua missão CEv 6 1 Capítulo 2 -- Uma obra não inferior a nenhuma outra CEv 16 1 Capítulo 3 -- Um chamado para os colportores-evangelistas CEv 26 1 Capítulo 4 -- Seleção de colportores-evangelistas CEv 30 1 Capítulo 5 -- Nossos estudantes e o evangelismo através da colportagem CEv 36 1 Capítulo 6 -- Uma obra de salvação de almas CEv 47 1 Capítulo 7 -- Entrega completa a Deus CEv 55 1 Capítulo 8 -- Plenamente preparado CEv 61 1 Capítulo 9 -- Exemplo nos hábitos, porte e vestuário CEv 70 1 Capítulo 10 -- Voz e dicção agradáveis CEv 76 1 Capítulo 11 -- Diligência no serviço CEv 80 1 Capítulo 12 -- Homem de oração CEv 84 1 Capítulo 13 -- Pontos de venda CEv 92 1 Capítulo 14 -- O colportor-evangelista e suas finanças CEv 100 1 Capítulo 15 -- Cooperando com outros obreiros do evangelho CEv 104 1 Capítulo 16 -- Guiados pelo espírito de Deus CEv 110 1 Capítulo 17 -- Acompanhado por anjos CEv 114 1 Capítulo 18 -- Auxílio para cada dificuldade CEv 120 1 Capítulo 19 -- Livros que dão a mensagem CEv 123 1 Capítulo 20 -- Os grandes livros de nossa mensagem CEv 131 1 Capítulo 21 -- Publicações sobre saúde CEv 135 1 Capítulo 22 -- Mantendo o devido equilíbrio CEv 145 1 Capítulo 23 -- O trabalho ministerial de nossas revistas CEv 148 1 Capítulo 24 -- O vasto alcance de influência de nossas publicações CEv 156 1 A Recompensa do Colportor ------------------------Prefácio CEv v 1 Respondendo a uma divina incumbência, os adventistas do sétimo dia se empenharam com entusiasmo na obra de proclamar pela página impressa as verdades do sábado e do segundo advento. Nestes cento e poucos anos de nossas atividades evangelísticas a obra de publicações tem-se mostrado um poderoso instrumento na divulgação da terceira mensagem angélica em todo o mundo. CEv v 2 Através dos anos temos recebido da pena de Ellen G. White guia quanto à publicação e circulação de nossa literatura. Nesses conselhos, a vendagem de nossos livros e revistas repletos de verdades tem sido exaltada à categoria de obra comparável ao ministério evangélico. O vendedor de livros é tido na conta de colportor-evangelista. CEv v 3 Em 1902 certo número de declarações da pena da Sra. White, em referência a nossa colportagem ministerial, foram reunidas e publicadas no Manual do Colportor. Conselhos subseqüentes de Ellen G. White sobre nossa literatura ministerial levaram à ampliação desta obra, e em 1920 apareceu o muito amado O Colportor-Evangelista. Este livrinho foi publicado em muitas línguas e alcançou ampla circulação. CEv v 4 O desejo de eliminar repetição de matéria, ajustar os conselhos na forma de tópicos convenientemente organizados e incluir umas poucas afirmações escolhidas dos livros, artigos e manuscritos de Ellen G. White deu em resultado a presente compilação, preparada em harmonia com a disposição estabelecida pela Sra. White para a publicação póstuma de seus escritos. Há para cada citação a respectiva referência e a anotação do ano em que foi escrita ou da primeira publicação. CEv v 5 Subtítulos marginais, supridos pelos compiladores, servem de auxílio ao leitor para que encontre as citações desejadas. Para tanto foram usados tipos em negrito na introdução de cada excerto, e para a indicação dentro do texto usou-se o grifo itálico. Com exceção de poucas citações, que significariam repetição, todo o conteúdo de O Colportor-Evangelista está incluído neste novo volume. Todas as referências se dirigem à fonte original e não ao O Colportor-Evangelista, dado que este, aliás, foi também compilado após a morte da Sra. White. CEv vi 1 Oxalá estes conselhos sobre literatura evangelística, no novo arranjo deste volume ampliado, guiem e inspirem os colportores-evangelistas a um ministério mais rico e mais eficaz pelo Mestre. Estes são os sinceros desejos dos publicadores e dos Depositários das Publicações de Ellen G. White ------------------------Capítulo 1 -- Nossa literatura e sua missão CEv 1 1 "Começar a publicar" -- Numa reunião efetuada em Dorchester, Massachusetts, em Novembro de 1848, foi-me concedida uma visão da proclamação da mensagem do assinalamento, e do dever que incumbia aos irmãos de publicarem a luz que resplandecia em nosso caminho. CEv 1 2 Depois da visão eu disse a meu esposo: "Tenho uma mensagem para ti. Deves começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Seja pequeno a princípio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-ão meios com que imprimi-lo, e alcançará bom êxito desde o princípio. Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo." -- Vida e Ensinos, 128 (1915). CEv 1 3 Tornar a verdade clara e compreensível -- Compete a nossas publicações a mais sagrada obra de tornar clara, compreensível e simples a base espiritual de nossa fé. Em todos os lugares está o povo tomando posição; todos se estão colocando sob a bandeira da verdade e da justiça ou sob a dos poderes apóstatas que lutam para alcançar a supremacia. Neste tempo, a mensagem de Deus ao mundo deverá ser pregada com tal ênfase e poder que o povo seja posto face a face, mente a mente, coração a coração com a verdade. Deverão ser levados a ver-lhe a superioridade em relação com a multidão de erros que estão procurando pôr-se em evidência, a fim de suplantar, se possível, a Palavra de Deus para este tempo solene. CEv 2 1 O grande objetivo de nossas publicações é exaltar a Deus, atrair a atenção dos homens para as verdades vivas de Sua Palavra. Deus nos pede que exaltemos, não as nossas próprias normas, não as normas deste mundo, mas Suas normas de verdade. -- Testemunhos Selectos 3:151, 152 (1902). CEv 2 2 Publicar a luz e a verdade -- Na noite de 2 de Março de 1907, muitas coisas me foram reveladas, concernentes ao valor de nossas publicações acerca da verdade presente, e ao pouco esforço que fazem os nossos irmãos e irmãs nas igrejas para assegurar-lhes ampla disseminação. CEv 2 3 Foi-me mostrado em várias ocasiões que nossos prelos deveriam estar continuamente ocupados em publicar a luz e a verdade. Este é tempo de trevas espirituais nas igrejas do mundo. A ignorância das coisas divinas encobriu da vista dos homens a Deus e a verdade. Os poderes do mal estão ganhando força. Satanás promete a seus coobreiros fazer um trabalho que cativará o mundo. Ao passo que a atividade da igreja é apenas parcial, Satanás e suas hostes exercem atividade intensa. As professas igrejas cristãs não estão convertendo o mundo; pois elas próprias estão corrompidas de egoísmo e orgulho, e necessitadas de experimentar em seu seio o poder regenerador de Deus, antes de poderem guiar outros a uma norma mais pura e elevada. -- Idem, 3:315 (1909). CEv 3 1 Meios de dar rapidamente a mensagem -- A obra da colportagem será o meio de dar rapidamente a sagrada luz da verdade presente ao mundo. As publicações que saem de nossos prelos devem ser de tal caráter que fortaleça cada ponto de apoio da fé que foi estabelecida pela Palavra de Deus e pela revelação de Seu Espírito. CEv 3 2 A verdade que Deus deu a Seu povo nestes últimos dias deve conservá-los firmes quando vêm à igreja os que apresentam falsas teorias. A verdade que tem permanecido firme contra os ataques do inimigo por mais de meio século, precisa ainda ser a confiança e o conforto do povo de Deus. CEv 3 3 Nossa evidência aos não professos, de que possuímos a verdade da Palavra de Deus, será dada numa vida de estrita renúncia. Não devemos escarnecer de nossa fé, mas sempre conservar diante de nós o exemplo dAquele que, embora Príncipe do Céu, desceu a uma vida de renúncia e sacrifício, para vindicar a justiça da palavra de Seu Pai. Resolvamos todos fazer o melhor ao nosso alcance para que a luz de nossas boas obras possa resplandecer ao mundo. -- Testimonies for the Church 9:69, 70 (1909). CEv 3 4 Preparar um povo para encontrar-se com Deus -- As publicações expedidas de nossas casas publicadoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. Devem realizar através do mundo a mesma obra que foi feita por João Batista para a nação judaica. Mediante comovedoras mensagens de advertência, o profeta de Deus despertou os homens das fantasias mundanas. Por meio dele chamou Deus ao arrependimento o Israel apostatado. Por suas apresentações da verdade ele expunha os enganos populares. Em contraste com as falsas teorias de seu tempo, a verdade contida em seus ensinos se destacava como uma certeza eterna. "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus", era a mensagem de João. Mateus 3:2. Esta mesma mensagem, por meio de publicações de nossas casas editoras, deve ser dada ao mundo hoje. ... CEv 4 1 É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. -- Testemunhos Selectos 3:140-142 (1902). CEv 4 2 As publicações devem ir a toda parte -- Nossas publicações devem ir por toda parte. Sejam elas editadas em muitas línguas. A terceira mensagem angélica deve ser dada por este meio e pelo professor vivo. Vós, os que credes a verdade para este tempo, despertai! É vosso dever reunir agora todos os meios possíveis para ajudar os que compreendem a verdade a proclamá-la. Parte do dinheiro que provém da venda de nossas publicações deve ser empregada em aumentar nossos recursos para a produção de mais literatura que abra olhos cegos, e sulcar o terreno baldio do coração. -- Testimonies for the Church 9:62 (1909). CEv 4 3 Há muitos lugares em que a voz do pastor não pode ser ouvida, lugares que só podem ser alcançados por nossas publicações -- livros, revistas e folhetos repletos das verdades bíblicas de que o povo necessita. Nossa literatura deve ser distribuída em todos os lugares. A verdade deve ser semeada junto a todas as águas; pois não sabemos qual prosperará primeiro, se esta, se aquela. Em nosso falho juízo podemos pensar não ser sábio dar literatura justamente aos que poderiam aceitar a verdade de imediato. Não sabemos quais podem ser os resultados de dar um folheto que contém a verdade presente. -- Manuscrito 127, 1903. CEv 5 1 Aproximamo-nos rapidamente do fim. A impressão e circulação dos livros e revistas que contêm a verdade para este tempo deve ser nossa obra. -- Testimonies for the Church 8:89 (1904). CEv 5 2 A todo país e clima -- As publicações devem ser multiplicadas e espalhadas como folhas de outono. Esses mensageiros silenciosos estão iluminando e modelando a mente de milhares em todo país e em toda região. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. CEv 5 3 Em todas as línguas -- De cidade em cidade, de país em país, eles devem levar as publicações que contêm a promessa da breve volta do Salvador. Estas publicações devem ser traduzidas para todas as línguas; pois o evangelho tem de ser pregado a todo o mundo. A todo obreiro Cristo promete a eficiência divina, a qual dará êxito a seus labores. -- Serviço Cristão, 49. CEv 5 4 Iluminar o mundo todo -- O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. -- Testemunhos Selectos 3:311 (1909). CEv 5 5 De nossos livros e revistas projetar-se-ão brilhantes raios de luz que iluminarão o mundo quanto à verdade presente. -- Serviço Cristão, 149 (1904). ------------------------Capítulo 2 -- Uma obra não inferior a nenhuma outra CEv 6 1 Ministério de êxito na salvação de almas -- A obra da colportagem, devidamente dirigida, é uma obra missionária da mais elevada espécie e o melhor e mais bem-sucedido método que pode ser empregado para colocar perante o povo as importantes verdades para este tempo. A importância da obra do ministro é indiscutível; mas muitos que estão com fome do pão da vida não têm o privilégio de ouvir a palavra dos pregadores delegados por Deus. Por esta razão, é essencial que nossas publicações circulem amplamente. Assim a mensagem irá aonde o pregador vivo não pode ir, e a atenção de muitos será atraída para os importantes eventos relacionados com as cenas finais da história deste mundo. CEv 6 2 Uma obra ordenada por Deus -- Deus ordenou a colportagem como um meio de apresentar perante o povo a luz contida em nossos livros, e os colportores devem estar compenetrados da importância de colocar diante do mundo, tão depressa quanto possível, os livros necessários para sua educação e esclarecimento espirituais. Esta é exatamente a obra que o Senhor deseja Seu povo faça neste tempo. Todos os que se consagram a Deus para trabalhar como colportores, estão auxiliando na proclamação da última mensagem de advertência ao mundo. Não podemos avaliar demasiadamente esta obra; porque, não fossem os esforços do colportor, muitos nunca ouviriam a advertência. -- Testemunhos Selectos 2:532 (1900). CEv 7 1 Obra importantíssima -- Se há um trabalho mais importante do que outro, é o de colocar nossas publicações perante o público, levando-o assim a examinar as Escrituras. A obra missionária -- introduzir nossas publicações nas famílias, conversar e orar com e por elas -- é uma boa obra, e que educará homens e mulheres para fazerem trabalho pastoral. -- Testimonies for the Church 4:390 (1880). CEv 7 2 Quando os membros da igreja sentirem a importância da circulação de nossa literatura, devotarão mais tempo a esta obra. Revistas, folhetos e livros serão colocados nos lares do povo, a fim de que preguem o evangelho em seus variados setores. ... A igreja deve dispensar sua atenção à obra da colportagem. Esta é uma das maneiras pelas quais ela deve resplandecer no mundo. Então ela sairá "formosa como a Lua, brilhante como o Sol, formidável como um exército com bandeiras". -- Manuscrito 113, 1901. CEv 7 3 Um chamado para reavivar o interesse -- A importância da colportagem é conservada sempre diante de mim. Ultimamente não tem sido infundida nesta obra a vida que outrora lhe era proporcionada pelos agentes que faziam dela sua especialidade. Colportores têm sido chamados de sua obra evangelística para se empenhar em outro trabalho. Isto não é como devia ser. Muitos de nossos colportores, se verdadeiramente convertidos e consagrados, podem fazer mais neste ramo do que em qualquer outro, quanto a apresentar a verdade para este tempo diante do povo. CEv 7 4 Temos a Palavra de Deus para mostrar que o fim está próximo. O mundo deve ser admoestado, e, como nunca antes, devemos ser cooperadores de Cristo. A obra de admoestar foi-nos confiada. Temos de ser condutos de luz ao mundo, comunicando aos outros a luz que recebemos do grande Portador de Luz. As palavras e ações de todos os homens devem ser provadas. Não sejamos vagorosos agora. Aquilo que deve ser feito para advertir o mundo, precisa ser feito sem demora. Não deixeis esmorecer a colportagem. Que os livros que contêm a luz sobre a verdade presente sejam colocados diante de tantos quantos possível. -- Testemunhos Selectos 2:545 (1900). CEv 8 1 Tão importante como o ministério -- Os colportores devem ir a várias partes do campo. A importância desta obra é perfeitamente igual à do ministério. O pregador vivo e o mensageiro silencioso são ambos necessários à conclusão da grande obra que está perante nós. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1880. CEv 8 2 A colportagem com nossas publicações é um importante e muito proveitoso setor da obra evangelística. Nossas publicações podem ir a lugares onde não se poderão realizar reuniões. Em tais lugares o fiel colportor-evangelista toma o lugar do pregador vivo. Pela obra da colportagem a verdade é apresentada a milhares que de outro modo não a ouviriam. -- The Review and Herald, 7 de Outubro de 1902. CEv 8 3 Não temos tempo a perder. Importante é a obra que está diante de nós, e se formos servos negligentes certamente perderemos a recompensa celestial. Poucos, porém, têm ampla e extensa visão do que pode ser feito em alcançar o povo mediante interessado esforço pessoal numa sábia distribuição de nossas publicações. Muitos que não serão persuadidos a ouvir a verdade apresentada pelo pregador vivo, aceitarão um folheto ou revista e os examinarão; muito do que lerem virá precisamente ao encontro de suas idéias, e eles se interessarão em ler todo o conteúdo. -- Idem, 19 de Dezembro de 1878. CEv 9 1 Compreender nossa responsabilidade -- Há o perigo de entrar em comercialismo, e tornar-se tão absorto em negócios mundanos que as verdades da Palavra de Deus em sua pureza e poder não sejam praticadas na vida. O amor do negócio e do ganho está-se tornando cada vez mais predominante. Meus irmãos, seja vossa alma realmente convertida. Se já houve tempo em que precisássemos compreender nossa responsabilidade, é agora esse tempo, quando a verdade anda tropeçando pelas ruas e a equidade não pode entrar. Satanás desceu com grande poder, para operar com todo o engano da injustiça para os que perecem; e tudo que pode ser abalado sê-lo-á, e as coisas que não podem ser abaladas permanecerão. O Senhor virá muito logo, e estamos no limiar das cenas de calamidade. Agentes satânicos, embora invisíveis, estão a operar para destruir vidas humanas. Mas se nossa vida se acha escondida com Cristo em Deus, veremos Sua graça e salvação. Cristo virá para estabelecer Seu reino na Terra. Seja santificada a nossa língua, e empregada para glorificá-Lo. Trabalhemos agora como nunca dantes. Somos exortados a instar "a tempo e fora de tempo". 2 Timóteo 4:2. Devemos abrir caminho para a apresentação da verdade. Devemos aproveitar cada oportunidade de atrair almas para Cristo. CEv 9 2 Como um povo devemos converter-nos de novo, e nossa vida ser santificada para declarar a verdade tal como é em Jesus. Na obra de disseminar nossas publicações, podemos, com coração afetuoso e palpitante, falar do amor de um Salvador. Deus, unicamente, tem poder para perdoar pecados; se não transmitirmos esta mensagem aos inconversos, nossa negligência poderá ser a ruína deles. ... O Senhor nos chama a todos para procurarmos salvar as almas que perecem. Satanás está operando a fim de enganar os próprios escolhidos, e agora é o momento de trabalharmos vigilantemente. Nossos livros e revistas têm que ser postos em evidência perante o povo; o evangelho da verdade presente deve ser proclamado sem demora em nossas cidades. Não despertaremos para o cumprimento de nossos deveres? -- Testemunhos Selectos 3:312, 313 (1909). CEv 10 1 A obra de Deus -- Lembre-se o colportor de que tem oportunidade de semear sobre todas as águas. Lembre-se, ao vender os livros que dão um conhecimento da verdade, que está fazendo a obra de Deus e que todo talento deve ser empregado para a glória de Seu nome. Deus estará com cada um que procure compreender a verdade, a fim de que ele possa apresentá-la a outros em traços claros. Deus falou clara e compreensivelmente. "O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem." Apocalipse 22:17. Não devemos demorar em dar instrução aos que dela precisam, para que sejam levados ao conhecimento da verdade, tal como é em Jesus. -- Idem, 2:533 (1900). CEv 10 2 Atalaias e mensageiros -- Chegou o tempo de se fazer uma grande obra por meio dos colportores. O mundo dorme, e como atalaias eles devem fazer soar a campainha de advertência, a fim de despertar os dormentes para o reconhecimento de seu perigo. As igrejas não conhecem o tempo de sua visitação. Muitas vezes podem melhor conhecer a verdade por meio dos esforços do colportor. Os que saem em nome do Senhor, são Seus mensageiros para dar às multidões que estão em trevas e em erro as alegres novas da salvação, por meio de Cristo, obedecendo à lei de Deus. -- Idem, 2:534 (1900). CEv 11 1 Vendo almas convertidas -- Que os colportores saiam com a Palavra do Senhor, lembrando-se de que aqueles que obedecem aos mandamentos de Deus e ensinam os outros a obedecer-lhes, serão recompensados com o ver almas convertidas, e uma alma verdadeiramente convertida levará outras a Cristo. Assim a obra avançará para novos territórios. -- Idem, 2:534 (1900). CEv 11 2 Enquanto durar o tempo da graça -- Enquanto durar o tempo da graça, haverá oportunidade de o colportor trabalhar. Quando as denominações religiosas se unirem com o papado para oprimir o povo de Deus, lugares onde houver liberdade religiosa abrir-se-ão para a colportagem evangelística. Se em algum lugar a perseguição se tornar severa, façam os obreiros como Cristo ordenou. "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra." Se ali vier a perseguição, procurai outro lugar ainda. Deus guiará Seu povo, tornando-o uma bênção em muitos lugares. Não fora a perseguição, e não seriam tão extensamente espalhados para proclamar a verdade. E Cristo declara: "Não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem." Mateus 10:23. Até que no Céu seja dito: "Está consumado", haverá sempre lugares para trabalhar e corações para receber a mensagem. -- Conselhos Sobre Educação, 218 (1900). CEv 11 3 Há uma grande obra a ser executada, e todo esforço possível tem de ser feito para revelar a Cristo como o Salvador que perdoa o pecado, Cristo como o portador de pecado, Cristo como a brilhante Estrela da Manhã; e o Senhor nos dará favor perante o mundo, até que nossa obra esteja feita. -- Testimonies for the Church 6:20, 21 (1900). CEv 12 1 Não há obra mais elevada -- Não há obra mais elevada do que a da colportagem evangelística; porque abrange o cumprimento dos mais elevados deveres morais. Os que se empenham nesta obra precisam estar sempre sob o domínio do Espírito de Deus. Não deve haver exaltação do eu. Que é que tem qualquer de nós que não tenha recebido de Cristo? Precisamos amar-nos como irmãos, e revelar nosso amor ajudando-nos mutuamente. Precisamos ser misericordiosos e corteses. Precisamos unir-nos, puxando as cordas. Unicamente os que vivem a oração de Cristo, executando-a na vida prática, suportarão a prova que há de vir sobre todo o mundo. Os que a si se exaltam, colocam-se sob o poder de Satanás, preparando-se para receber seus enganos. A Palavra do Senhor a Seu povo é que levantemos a norma mais e mais alto. Se obedecermos a Sua voz, Ele trabalhará conosco e nossos esforços serão coroados de êxito. Em nossa obra receberemos ricas bênçãos do alto, e ajuntaremos tesouros junto ao trono de Deus. CEv 12 2 Se tão-somente soubéssemos o que está diante de nós, não seríamos tão vagarosos na obra do Senhor. CEv 12 3 Responsáveis pela obra que podíamos ter feito -- Estamos no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida, sacudir-se-á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não obedecem a Seus mandamentos por palavra e ação. Se não fizermos nenhum esforço para ganhar almas para Cristo, seremos responsáveis pela obra que poderíamos ter feito, mas que não fizemos por causa de nossa indolência espiritual. Os que pertencem ao reino do Senhor, precisam trabalhar com zelo pela salvação de almas. Precisam fazer sua parte em ligar a lei e selá-la entre os discípulos. CEv 13 1 Quem irá? -- O Senhor designa que a luz que Ele nos deu sobre as Escrituras resplandeça com raios claros e brilhantes; e é o dever de nossos colportores fazer um esforço forte e unido para que o desígnio de Deus seja cumprido. Uma grande e importante obra está diante de nós. O inimigo das almas reconhece isto, e está empregando todos os meios em seu poder para levar o colportor a buscar algum outro ramo de trabalho. Este estado de coisas deve mudar-se. Deus chama os colportores a voltar à obra. Ele chama voluntários que ponham na obra todas as energias e conhecimentos, ajudando onde quer que haja oportunidade. O Mestre chama a cada um para fazer a parte que lhe foi dada, segundo sua habilidade. Quem responderá ao chamado? Quem sairá para trabalhar na sabedoria, na graça e amor de Cristo pelos que estão perto e longe? Quem quererá sacrificar a comodidade e o prazer, e entrar nos lugares do erro, da superstição e das trevas, trabalhando zelosa e perseverantemente, falando a verdade em simplicidade, orando em fé, fazendo o trabalho de casa em casa? Quem neste tempo quererá sair fora do arraial, imbuído do poder do Espírito Santo, levando o vitupério por amor de Cristo, abrindo as Escrituras ao povo e chamando-o ao arrependimento? CEv 13 2 Deus tem Seus obreiros em todas as épocas. O chamado da hora é respondido pela vinda do homem. Assim, quando a voz divina clamar: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" a resposta virá: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Que todos os que trabalham eficientemente no campo da colportagem sintam no coração que estão fazendo a obra do Senhor em ministrar às almas que não conhecem a verdade para este tempo. Eles estão fazendo soar a nota de advertência nos caminhos e valados, para preparar um povo para o grande dia do Senhor, que está prestes a sobrevir ao mundo. Não temos nenhum tempo a perder. Precisamos animar esta obra. Quem sairá agora com nossas publicações? CEv 14 1 O Senhor comunica habilidade a todo homem e mulher que deseja cooperar com o poder divino. Todo talento, ânimo, perseverança, fé e tato exigidos, virão ao se vestirem da couraça. Uma grande obra deve ser feita em nosso mundo, e certamente agentes humanos responderão à exigência. O mundo precisa ouvir a advertência. Quando vier o chamado: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" enviai de volta a resposta, clara e distinta: "Eis-me aqui, envia-me a mim." -- Testemunhos Selectos 2:547-549 (1900). CEv 14 2 Comentários de espectadores descuidados -- Os espectadores descuidados podem não apreciar vossa obra nem ver sua importância. Podem julgá-la um negócio que não dá lucro, uma vida de trabalho ingrato e de sacrifício. Mas o servo de Jesus a vê sob a luz que irradia da cruz. Seus sacrifícios parecem pequenos em comparação com os do bendito Mestre, e ele se sente alegre de seguir Suas pisadas. O êxito de seu trabalho outorga-lhe o mais puro gozo e é a mais rica recompensa de uma vida de paciente labuta. -- Idem, 2:556 (1900). CEv 14 3 Não há tempo a perder -- A obra de colportagem é uma obra de grande responsabilidade, e significa muito para os homens e mulheres que nela se empenham. Estamos vivendo num tempo em que há uma grande obra a ser feita e que melhor oportunidade podemos ter de dar o convite para a ceia que Cristo preparou? Os que neste tempo se dedicam com fervor e consagração à obra da colportagem, serão grandemente abençoados. Não tendes tempo a perder. Entregai-vos voluntária e altruisticamente à execução desta obra. Lembrai-vos de que ela é evangelística em sua natureza, e que ajuda a dar a advertência tão grandemente necessária. -- Manuscrito 113, 1901. ------------------------Capítulo 3 -- Um chamado para os colportores-evangelistas CEv 16 1 Chamado a recrutas -- Noite após noite permaneço perante o povo, dando positivo testemunho e empenhando-me com eles para que despertem por completo e assumam a tarefa de disseminar nossa literatura. -- The Review and Herald, 20 de Abril de 1905. CEv 16 2 O campo da colportagem está necessitado de recrutas. Os que se dedicam a esta obra no espírito do Mestre acharão entrada nos lares dos que necessitam da verdade. A estes podem eles contar a história singela da cruz, e Deus os abençoará e fortalecerá ao levarem outros para a luz. A justiça de Cristo vai diante deles, e a glória de Deus é sua recompensa. -- Idem, 16 de Junho de 1903. CEv 16 3 Levantar e resplandecer -- A colportagem não deve, por mais tempo, ser negligenciada. Muitas vezes me foi mostrado que deveria haver um interesse mais geral por nossa colportagem. A disseminação de nossa literatura é um meio muito importante de colocar diante de homens e mulheres a luz que Deus confiou a Sua igreja, para ser dada ao mundo. Os livros vendidos por nossos colportores, abrem a muito espírito as inescrutáveis riquezas de Cristo. CEv 16 4 No serviço do Senhor há trabalhos de muitas espécies a serem feitos. No serviço do templo havia rachadores de lenha do mesmo modo que sacerdotes de várias ordens, com vários graus de responsabilidade. Nossos membros da igreja devem levantar-se e resplandecer, porque sua luz já veio e a glória do Senhor já surgiu sobre eles. Despertem de seu sono os que conhecem a verdade e façam todo esforço para atingir o povo onde está. A obra do Senhor não deve, por mais tempo, ser negligenciada por nós e feita inferior aos interesses mundanos. Não temos tempo para estar ociosos e desanimados. O evangelho tem de ser proclamado a todo o mundo. As publicações que contêm a luz da verdade presente devem ir a todos os lugares. Devem ser organizadas campanhas de colportagem para a venda de nossa literatura a fim de que o mundo possa ser iluminado acerca do que está exatamente diante de nós. CEv 17 1 Por que não estamos mais acordados? Todo obreiro pode agora compreender sua obra especial e receber força para de novo lançar mão dela. Um distinto e peculiar desdobramento da infinita glória de Deus, trará ofertas de tributo, de várias espécies, aos pés de Jesus. Cada nova manifestação do amor do Salvador, faz pender a balança de alguma alma para uma ou outra direção; porque o fim de todas as coisas está às portas. Os homens do mundo estão-se precipitando na ruína. Seus projetos, suas confederações, são muitos. Novos artifícios serão continuamente apresentados para tornar de nenhum efeito o conselho de Deus. Os homens estão amontoando tesouros de ouro e prata para serem consumidos pelas chamas dos últimos dias. -- Idem, 2 de Junho de 1903. CEv 17 2 O Senhor chama a muitos -- O novo ano está exatamente diante de nós, e dever-se-iam fazer planos para um esforço zeloso e perseverante no serviço do Mestre. Há muito a ser feito a fim de avançar a obra de Deus. Fui instruída de que a colportagem deve ser reavivada e levada avante com êxito crescente. Ela é a obra do Senhor, e uma bênção acompanhará os que se empenham nela com zelo e diligência. -- Idem, 20 de Janeiro de 1903. CEv 18 1 O Senhor chama a muitos mais para empenharem-se na colportagem. ... Por amor de Cristo, meus irmãos e irmãs, aproveitai o melhor possível as horas do novo ano para colocar a preciosa luz da verdade presente diante do povo. O anjo do concerto está dando poder aos seus servos para levar a mensagem a todas as partes do mundo. Ele enviou Seus anjos com a mensagem de misericórdia; mas, como se eles não se apressassem suficientemente para satisfazer Seu coração de compassivo amor, Ele coloca sobre cada membro de Sua igreja a responsabilidade de proclamar esta mensagem. "Quem ouve, diga: Vem." Todo membro da igreja deve mostrar sua lealdade convidando o sedento a beber da água da vida. Uma cadeia de testemunhas vivas deve levar o convite ao mundo. Quereis vós fazer vossa parte nesta grande obra? CEv 18 2 Homens e mulheres -- Jesus está chamando a muitos missionários -- homens e mulheres que se consagrem a Deus, dispostos a gastar-se e deixar-se gastar em Seu serviço. Oh! não nos podemos lembrar de que há aqui um mundo pelo qual trabalhar? Não haveremos de avançar, passo a passo, deixando Deus usar-nos como Sua mão auxiliadora? Não haveremos de colocar-nos a nós mesmos no altar do serviço? Então o amor de Cristo haverá de tocar-nos e transformar-nos, e fazer-nos dispostos a, por Sua causa, agir ousadamente. -- Idem, 27 de Janeiro de 1903. CEv 18 3 Muitos, homens e mulheres, podem fazer um excelente trabalho mediante a venda de livros repletos de instrução direta e simples sobre a piedade prática. -- Manuscrito 81, 1900. CEv 19 1 Um chamado à juventude -- O Senhor chama nossos jovens para trabalharem como colportores e evangelistas, para que façam de casa em casa a obra nos lugares que até agora não ouviram a verdade. Ele Se dirige a nossos jovens, dizendo: "Não sabeis... que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." Os que saírem para a obra sob a direção de Deus serão maravilhosamente abençoados. Os que nesta vida fazem o melhor que podem serão capacitados para a futura vida imortal. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1912. CEv 19 2 Temos uma obra a fazer. Educai, educai, educai jovens para que se dêem a si mesmos para o ministério da Palavra. Educai-os para que se tornem colportores e se dediquem à venda de todos os livros que o Senhor por Seu Espírito Santo impressionou as mentes para que escrevessem. Esta espécie de literatura poderá ser assim levada a uma grande classe de pessoas que não ouviriam a verdade a menos que esta lhes fosse levada à porta. Esta é a obra dos evangelistas. -- Carta 135, 1900. CEv 19 3 Cristo chama jovens que se apresentem voluntariamente para levar a verdade ao mundo. Necessitam-se homens de fibra espiritual, homens que sejam capazes de encontrar trabalho à mão, porque o estão buscando. A igreja necessita novos homens, que dêem energia às fileiras, homens para a época, capazes de combater os erros da mesma, homens que inspirem novo zelo aos abatidos esforços dos poucos obreiros, homens cujo coração esteja aquecido de amor cristão e cujas mãos estejam ansiosas de fazer a obra de seu Mestre. -- Manual for Canvassers, 22 (1902). CEv 19 4 Centenas devem ir -- Que o Senhor mova a muitos de nossos jovens para que entrem no campo da colportagem como colportores-evangelistas. Pela obra da colportagem é a verdade apresentada a milhares que de outro modo não a ouviriam. Nosso tempo para o trabalho é curto. ... CEv 20 1 Por que não se busca o Senhor com mais diligência, de maneira que centenas possam ser cheios do Espírito Santo e saiam a proclamar a verdade, "cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais..."? Nossa comissão é fazer que a luz da página impressa brilhe em todos os lugares. Pela página impressa a luz alcança os que estão mais isolados, que não têm oportunidade de ouvir os pregadores em pessoa. Este é um trabalho missionário dos mais abençoados. Os colportores podem ser a mão auxiliadora do Senhor, abrindo portas para a entrada da verdade. ... CEv 20 2 Precisamos despertar o zelo e o fervor dos colportores, convidando-os a levar a luz aos lugares escuros da Terra. Desta tarefa não está livre qualquer que tenha talentos e capacidade. Eles são requeridos como instrumentos do Senhor, requeridos para cooperar com o Senhor Jesus na difusão da luz do Céu neste mundo entenebrecido de pecado. -- Carta 21, 1902. CEv 20 3 Obreiros de cada igreja -- Deus convida a obreiros de cada igreja entre nós, para que entrem em Seu serviço como colportores-evangelistas. Deus ama Sua igreja. Se os membros desejarem fazer Sua vontade, se se esforçarem por repartir a luz aos que se encontram em trevas, Ele abençoará em grande medida seus esforços. Ele representa a igreja como sendo a luz do mundo. Por meio de sua fiel ministração, uma multidão que ninguém poderá enumerar se tornará filhos de Deus, capacitados para a eterna glória. Cada parte do domínio de Deus deve-se encher de Sua glória. Que, então, está a igreja fazendo para iluminar o mundo, de maneira que de todas as partes da Terra ascenda a Ele um tributo de louvor e oração e ações de graças? -- Carta 124, 1902. CEv 21 1 Cada crente deve ajudar -- Espalhe cada crente abundantemente folhetos e livros contendo a mensagem para este tempo. Precisamos de colportores que saiam a disseminar nossas publicações em todos os lugares. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1903. CEv 21 2 Homens de atividades comuns da vida -- Nesta obra finalizadora do evangelho haverá um vasto campo a ser ocupado; e mais do que nunca a obra deve arregimentar dentre o povo comum, elementos para auxiliar. Tanto jovens como os de maior idade, serão chamados dos campos, das vinhas, das oficinas, enviados pelo Mestre a dar Sua mensagem. Muitos deles tiveram pouca oportunidade de se educar; Cristo, porém, vê neles qualificações que os habilitam a cumprir o Seu propósito. Se puserem o coração nessa obra e continuarem a aprender, aparelhá-los-á para trabalhar por Ele. -- Educação, 269, 270 (1903). CEv 21 3 Bênção de Deus prometida -- Há trabalho missionário a ser feito na distribuição de folhetos e revistas, e na obra de colportagem com nossas diferentes publicações. Que nenhum de vós pense que não se pode dedicar a este trabalho por ser cansativo e requerer tempo e dedicação. Se ele requer tempo, concedei-lho alegremente; e a bênção de Deus repousará sobre vós. Nunca houve tempo em que fossem necessários mais obreiros que no presente. Há irmãos e irmãs em todas as nossas fileiras, que se poderiam preparar para entrar nesta obra; em todas as nossas igrejas algo se deve fazer para espalhar a verdade. É dever de todos estudar os vários pontos de nossa fé, para que estejam preparados para dar a razão da esperança que há neles, com mansidão e temor. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1880. CEv 22 1 Cristo ensinará o que dizer -- Muitos estão tristes e desanimados, fracos na fé e na confiança. Que estes façam alguma coisa para ajudar alguém mais necessitado do que eles mesmos, e tornar-se-ão fortes na força de Deus. Empenhem-se na boa obra de vender nossos livros. Assim ajudarão os outros e a experiência ganha lhes dará a certeza de que são a mão auxiliadora de Deus. Ao implorarem ao Senhor para os ajudar, Ele os guiará àqueles que estão buscando a luz. Cristo estará bem junto deles, ensinando-lhes o que dizer e fazer. Confortando outros, confortar-se-ão a si mesmos. CEv 22 2 Anjos acompanham e preparam o caminho -- Eu vos peço, caros obreiros cristãos, que façais o que puderdes para disseminar os livros que o Senhor disse deveriam ser semeados por toda parte através do mundo. Fazei o melhor possível por colocá-los no maior número de lares. Pensai em quão grande trabalho pode ser feito, se um grande número de crentes se unirem num esforço para colocar diante do povo, pela circulação destes livros, a luz que o Senhor disse deveria ser-lhe dada. Sob a guia divina, ide avante na obra, e esperai auxílio do Senhor. O Espírito Santo vos auxiliará. Os anjos do Céu vos acompanharão, preparando o caminho. -- Idem, 27 de Janeiro de 1903. CEv 23 1 A consagração que Deus requer -- Necessitamos de colportores, evangelistas, pastores, que tenham recebido o Espírito Santo e que sejam participantes da natureza divina. Necessitamos de obreiros que sejam capazes de falar com Deus e então com o povo. Estou alarmada por ver quanta obstrução procura desviar homens do trabalho evangelístico e embaraçar assim a obra de Deus. ... Eu admoesto aos que deveriam estar na obra da colportagem, fazendo circular os livros tão necessários em toda parte, a que tenham cuidado e não virem as costas ao trabalho a que o Senhor os chamou. Que os homens a quem Deus chamou para fazer a obra do evangelho não se embaracem com perplexidades de negócios. Conservem eles sua alma na atmosfera mais favorável à espiritualidade. ... Deus deseja que cada obreiro que declara crer na presente verdade se consagre, corpo, alma e espírito, à obra de buscar e salvar as almas que perecem ao seu redor. -- Manuscrito 44, 1903. CEv 23 2 Necessários colportores em cidades -- Livros contendo a preciosa luz da verdade presente jazem nas prateleiras de nossas casas publicadoras. Esses livros devem ser espalhados. Necessitam-se colportores que entrem em nossas grandes cidades com esses livros. Ao irem eles de casa em casa, encontrarão almas famintas pelo pão da vida, aos quais podem dizer uma palavra a seu tempo. Necessitam-se colportores que sintam o fardo das almas. Podeis dizer: "Não sou pastor. Não posso pregar ao povo." Sim, podeis não ser capazes de pregar; mas podeis ministrar, podeis perguntar, aos que encontrais, se eles amam ao Senhor Jesus. Podeis ser um evangelista. Podeis ser a mão ajudadora de Deus, trabalhando como o fizeram os discípulos, quando Cristo os enviou. Jovens, moços e moças, sois chamados pelo Mestre para assumir Sua obra. Há fome na Terra pelo evangelho puro. -- Manuscrito 113, 1901. CEv 24 1 Obreiros chamados para os caminhos e valados -- As coisas deste mundo em breve perecerão. Isto não discernem os que não têm sido divinamente iluminados, que não se têm conservado a par da obra de Deus. Homens e mulheres consagrados precisam sair para fazer soar a advertência nos caminhos e valados. Insto com meus irmãos e irmãs para que não se empenhem num trabalho que os impeça de proclamar o evangelho de Cristo. Vós sois os porta-vozes de Deus. Deveis falar a verdade com amor às almas que perecem. "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha", disse Cristo. Não descrevem estas palavras claramente a obra do colportor? Com Cristo no coração, ele irá aos caminhos e valados da vida, apresentando o convite para as bodas. Homens de riqueza e influência virão, se forem convidados. Alguns recusarão o convite, mas, graças a Deus, nem todos. CEv 24 2 Oh! que milhares mais de nosso povo tivessem conhecimento do tempo em que vivemos e da obra a ser feita no campo de serviço, no trabalho de casa em casa! Há muitos, muitos, que não conhecem a verdade. Precisam ouvir o chamado para vir a Jesus. Os tristes devem ser consolados, os fracos fortalecidos, os aflitos confortados. Aos pobres se deve pregar o evangelho. CEv 24 3 O Mestre conhece Seus obreiros e deles cuida, seja qual for a parte da vinha em que estejam trabalhando. Ele convida Sua igreja para levantar-se e familiarizar-se com a situação. Convida os obreiros de nossas instituições a despertar e pôr em operação influências que avancem Seu reino. Enviem eles obreiros ao campo e então cuidem de que o interesse destes obreiros não se relaxe por falta de simpatia e de oportunidades para desenvolvimento. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. CEv 25 1 Espalhar livros como folhas de outono -- Este é um trabalho que deve ser feito. O fim está próximo. Já se tem perdido muito tempo, quando esses livros já deviam estar em circulação. Sejam eles vendidos longe e perto. Espalhem-nos como folhas de outono. Esta obra deve continuar sem que ninguém a impeça. Almas estão perecendo sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu. -- Idem, 13 de Agosto de 1908. CEv 25 2 Uma centena onde há um -- As ovelhas perdidas do rebanho de Deus estão espalhadas em toda parte, e o trabalho que deveria ser feito por elas está sendo negligenciado. Pela luz que me foi dada, sei que onde há um colportor no campo, deveria haver cem. -- Testemunhos Selectos 2:533 (1900). CEv 25 3 Certeza de sucesso -- Uma grande e boa obra pode ser feita pelo colportor-evangelista. O Senhor deu aos homens tato e habilidades. Aos que usam para Sua glória esses talentos confiados, entretecendo princípios bíblicos na textura, será concedido êxito. Devemos trabalhar e orar, pondo nossa confiança nAquele que jamais falta. -- Idem, 2:555 (1900). ------------------------Capítulo 4 -- Seleção de colportores-evangelistas CEv 26 1 Os que sentem a responsabilidade do serviço -- Visto como o colportar com nossa literatura é uma obra missionária, deve ser executada de um ponto de vista missionário. Os que são escolhidos como colportores, devem ser homens e mulheres que sintam a responsabilidade do serviço, cujo objetivo não seja conseguir lucros, mas proporcionar luz ao povo. Todo o nosso serviço deve ser feito para a glória de Deus, a fim de dar a luz da verdade aos que estão em trevas. Os princípios egoístas, o amor ao ganho, à dignidade ou à posição, não devem ser mencionados nenhuma vez entre nós. -- Testemunhos Selectos 2:536 (1900). CEv 26 2 Cuidado na seleção de obreiros -- A obra da colportagem é mais importante do que muitos a têm considerado, e tanto cuidado e sabedoria devem ser usados em escolher obreiros para ela como em escolher homens para o ministério. Moços podem ser preparados para fazer melhor trabalho do que tem sido feito e com muito menos remuneração do que muitos têm recebido. Elevai a norma; e que os que são desprendidos e abnegados, que amam a Deus e a humanidade, se unam ao exército de obreiros. Que venham, não esperando facilidades, mas para serem valorosos e de bom ânimo sob objeções e contratempos. Venham os que podem dar um bom testemunho de nossas publicações, por isso que eles mesmos apreciam seu valor. -- Testimonies for the Church 5:405, 406 (1885). CEv 27 1 Nossos irmãos devem mostrar discrição em escolher colportores, a menos que tenham resolvido ver a verdade mal compreendida e mal representada. Devem dar a todos os verdadeiros obreiros bons lucros, mas a quantia não deve ser aumentada a ponto de comprar colportores, porque este procedimento os prejudica. Fá-los egoístas e pródigos. Procurai fazê-los compenetrar-se do espírito da verdadeira obra missionária e da necessidade de adquirir as habilitações necessárias para assegurar o êxito. O amor de Jesus na alma levará o colportor a sentir ser um privilégio trabalhar para difundir a luz. Ele estudará, planejará e orará a respeito do assunto. -- Idem, 5:403 (1885). CEv 27 2 Alguns se adaptam melhor que outros -- Alguns se adaptam melhor que outros a fazer certo trabalho; portanto, não é correto pensar que qualquer um possa ser colportor. Alguns não têm especial adaptabilidade para esta obra; mas não devem, por isto, ser considerados faltos de fé ou de vontade. O Senhor não é irrazoável em Suas exigências. A igreja é como um jardim em que há uma variedade de flores, cada uma com suas próprias peculiaridades. Embora em muitos respeitos todas possam diferir, todavia cada uma tem um valor particular. CEv 27 3 Deus não espera que, com seus diferentes temperamentos, cada um dentre Seu povo esteja preparado para todo e qualquer lugar. Lembrem-se todos de que há variedade de legados. Não é o trabalho de qualquer homem prescrever a obra de qualquer outro homem, contrariamente a suas próprias convicções do dever. É direito dar conselho e sugerir planos: mas todo homem deve ser deixado na liberdade de buscar direção de Deus, a quem pertence e a quem serve. -- Testemunhos Selectos 2:549 (1900). CEv 28 1 Moços e moças que se podem dedicar ao ministério, à obra bíblica e da colportagem não deviam ficar presos a trabalho mecânico. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1912. CEv 28 2 Homens de boa apresentação, de tato e visão -- Necessitam-se missionários em toda parte. Em todas as partes do campo devem-se escolher colportores, não do elemento inconstante da sociedade, não dentre homens e mulheres que para nada mais prestam e em nada têm tido êxito, mas dentre os que têm boa apresentação, tato, fina percepção e habilidade. Tais pessoas são necessárias para ter êxito como colportores e diretores. Homens adaptados a esta obra empreendem-na; mas algum pastor imprudente haverá de lisonjeá-los, dizendo que seu talento deveria ser empregado no púlpito, em vez de simplesmente na obra do colportor. Assim esta obra é diminuída. Eles são influenciados a buscar licença para pregar; e justamente aqueles que poderiam ter sido preparados para se tornarem bons missionários, a fim de visitar as famílias em seus lares, falar e orar com elas, são levados a se tornarem pastores deficientes; e o ramo em que é preciso tanto trabalho e onde tanto bem poderia ser efetuado pela causa, é negligenciado. O colportor eficiente, do mesmo modo que o pastor deve ter suficiente remuneração por seu serviço, se seu trabalho é feito fielmente. -- Testimonies for the Church 4:389, 390 (1880). CEv 28 3 Os de melhores talentos -- Nem todos se adaptam a esta obra. Os que possuem o melhor talento e habilidade, que lançarão mão da obra inteligente e sistematicamente, e a levarão avante com perseverante energia, são os que devem ser escolhidos. Deve haver um plano mais completamente organizado, e este deve ser fielmente executado. As igrejas em toda parte devem sentir o mais profundo interesse pela obra missionária e com folhetos. -- Idem, 4:390 (1880). CEv 29 1 Experiência religiosa necessária -- Selecionem-se jovens cristãos que disseminem os livros que contêm a verdade presente. Jovens que não tenham experiência religiosa não sejam aceitos como colportores de nossos livros, porque não podem representar na devida forma as preciosas verdades a serem apresentadas. Enviar tais jovens ao campo da colportagem é injusto para eles e para a obra do Senhor. Esta é uma sagrada obra, e os que a ela se dedicam devem ser capazes de testemunhar de Cristo. -- The Review and Herald, 7 de Outubro de 1902. CEv 29 2 A colportagem é o melhor meio de se obter experiência. Estai seguros de que essas almas estão de fato convertidas antes de encorajá-las a entrar em qualquer setor do trabalho. Verificado isto, deixai-as então trabalhar e Deus trabalhará com elas. -- Manuscrito 126, 1899. CEv 29 3 Uma sagrada obra -- A obra da colportagem deve ser considerada sagrada, e os que têm as mãos impuras e coração manchado não devem ser encorajados a dedicar-se a ela. Os anjos de Deus não podem acompanhar aos lares do povo pessoas não consagradas; portanto todos os não-convertidos, cujos pensamentos são corruptos, que irão deixar a marca de suas imperfeições em tudo que tocarem, devem ser impedidos de manusear a verdade de Deus. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. ------------------------Capítulo 5 -- Nossos estudantes e o evangelismo através da colportagem CEv 30 1 Um plano divino para nossos estudantes -- O Senhor instituiu um plano pelo qual muitos dos estudantes de nossas escolas podem aprender lições práticas indispensáveis ao sucesso futuro. Ele nos tem dado o privilégio de manejar preciosos livros que têm sido dedicados ao progresso de nossa obra de saúde e de educação. No próprio manuseio desses livros os jovens encontrarão muitas experiências que lhes ensinarão como tratar com problemas que os esperam nas regiões distantes. Durante sua vida escolar, em contato com esses livros, muitos aprendem como aproximar-se cortesmente do povo, e como exercer tato na conversação com eles em diferentes pontos da verdade presente. Ao alcançarem certo grau de êxito financeiro, alguns aprenderão lições de poupança e economia que lhes serão de grande vantagem quando forem enviados como missionários. -- The Review and Herald, 4 de Junho de 1908. CEv 30 2 Escolas para preparar colportores-evangelistas -- Nossas escolas foram estabelecidas pelo Senhor; e se forem conduzidas em harmonia com Seu propósito, os jovens a elas enviados depressa desejarão ser preparados para empenhar-se em vários ramos da obra missionária. Alguns se prepararão para entrar no campo como missionários enfermeiros, outros como colportores, outros como evangelistas e outros ainda como professores e alguns como pregadores evangélicos. -- Idem, 15 de Outubro de 1903. CEv 31 1 Oportunidade para colportores estudantes -- Quando se encerra o ano escolar há oportunidade para muitos saírem ao campo como colportores-evangelistas. O colportor fiel encontra entrada em muitos lares, onde deixa a preciosa leitura contendo a verdade para este tempo. -- Idem, 27 de Agosto de 1903. CEv 31 2 Instruir-se na escola de Cristo -- Como estudantes deveis estar sempre aprendendo na escola de Cristo; é mister que leveis para vossa obra o capital que vos foi confiado, de energia física e mental. Deus não aceita o coração dividido. Há homens e mulheres que deviam estar se preparando para serem colportores e instrutores bíblicos. Devem alienar de si todo pensamento não santificado e prática corrupta para que possam ser santificados pela verdade. Devem ser participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Nada menos que o poder de Deus vos fará retos e vos guardará em retidão. Deveis oferecer a Deus não menos que o melhor que possuís. Deveis fazer obra sempre melhor ao pordes em prática o que tendes aprendido. -- Idem, 20 de Maio de 1890. CEv 31 3 Um meio de educação -- Foi-me concedida luz especial em relação à obra da colportagem, e a impressão e o fardo não me abandonam. Esta obra é um meio de educação. É uma excelente escola para os que se estão habilitando para o ministério. Os que assumem esta obra como devem, colocam-se onde aprendem de Cristo e seguem Seu exemplo. Anjos são comissionados a ir com os que assumem esta obra na devida humildade. -- Manuscrito 26, 1901. CEv 32 1 Na verdade a melhor educação que os jovens podem obter é entrar na colportagem e trabalhar de casa em casa. Nesta obra eles encontrarão oportunidade de falar as palavras da vida. Assim semearão a semente da verdade. Que os jovens mostrem que sentem sobre si um fardo do Senhor. A única maneira de provarem que podem permanecer firmes em Deus, havendo tomado a armadura completa, é fazer fielmente a obra que Deus lhes deu para fazer. -- Manuscrito 75, 1900. CEv 32 2 A verdadeira "educação superior" -- Não devemos desanimar nossos irmãos, debilitando-lhes as mãos, de modo que a obra que Deus quer que seja feita por meio deles, não seja executada. Não permitais que muito tempo seja ocupado em preparar homens para fazer o trabalho missionário. A instrução é necessária, mas que todos se lembrem de que Cristo é o Grande Mestre e a fonte de toda a sabedoria. Que jovens e velhos se consagrem a Deus, empreendam a obra e saiam, trabalhando em humildade, sob o domínio do Espírito Santo. Aqueles que têm estado na escola, saiam para o campo e ponham em prática o conhecimento que adquiriram. Se os colportores fizerem isto, usando a habilidade que Deus lhes deu, buscando conselho dEle e combinando o trabalho de vender livros com o serviço pessoal em favor do povo, seus talentos aumentarão pelo exercício e eles aprenderão muitas lições práticas, as quais não lhes seria possível aprender na escola. A educação obtida por este meio prático pode, apropriadamente, ser chamada educação superior. -- Testemunhos Selectos 2:546, 547 (1900). CEv 33 1 Uma inapreciável experiência -- Todos quantos desejam uma oportunidade para o verdadeiro ministério, e que se entregam sem reservas a Deus, encontrarão na obra da colportagem ocasião de falar sobre muitas coisas pertinentes à futura vida imortal. A experiência assim adquirida, será do maior valor para os que se estão habilitando para o ministério. A assistência do Espírito Santo de Deus é que prepara obreiros, tanto homens como mulheres, para se tornarem pastores do rebanho de Deus. Ao acariciarem o pensamento de que Cristo é seu companheiro, sentirão por entre as suas probantes experiências um santo respeito, uma sagrada alegria. Aprenderão a orar enquanto trabalham. Serão exercitados na paciência, na bondade, afabilidade e espírito de serviço. Praticarão a verdadeira cortesia cristã, tendo em mente que Cristo, seu companheiro, não pode aprovar palavras e sentimentos ásperos, desagradáveis. Suas palavras serão purificadas. A faculdade de falar será considerada um talento precioso, a eles emprestado para a realização de uma obra elevada e santa. O agente humano aprenderá a representar o divino Companheiro com quem se acha ligado. A esse invisível e santo Ser, mostrará respeito e reverência, pois está levando sobre si o Seu jugo, e aprendendo Seus caminhos puros e santos. Os que tiverem fé neste divino Auxiliador, se hão de desenvolver. Serão dotados de poder para revestir de sagrada beleza a mensagem da verdade. -- Obreiros Evangélicos, 96, 97 (1900). CEv 34 1 Preparo para o ministério -- Alguns homens que Deus chamou ao trabalho do ministério, entraram no campo como colportores. Fui instruída de que, se seu objetivo é disseminar a luz, este é um excelente preparo para levar as verdades da Palavra de Deus diretamente ao círculo do lar. Em conversa, muitas vezes o caminho será aberto para eles falarem da religião da Bíblia. Se o trabalho é empreendido como deve ser, famílias serão visitadas, os obreiros manifestarão ternura cristã e amor às almas, e grande bem será o resultado. Esta será uma excelente experiência para qualquer pessoa que tem o ministério em vista. CEv 34 2 Aqueles que se estão preparando para o ministério, não se podem empenhar em outra ocupação que lhes dê tão ampla experiência como a colportagem. -- Testemunhos Selectos 2:550 (1900). CEv 34 3 Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos de ocupação; mas as lições aprendidas, o tato e a disciplina adquiridos, hão de preparar-vos para outros campos de utilidade, onde podeis auxiliar almas. Aqueles que deficientemente aprendem sua lição e são descuidados e bruscos ao aproximar-se das pessoas, haveriam de mostrar a mesma falta de tato e habilidade em lidar com mentes, se entrassem no ministério. ... CEv 34 4 Na colportagem evangélica, os jovens podem tornar-se melhor preparados para o trabalho ministerial do que gastando muitos anos na escola -- Manual for Canvassers, 54, 55. CEv 34 5 O conhecimento essencial -- Aos que freqüentam a escola, a fim de que aprendam como fazer mais perfeitamente a obra de Deus, desejo dizer: Lembrai-vos de que é unicamente por uma consagração diária a Deus que podereis tornar-vos ganhadores de almas. Tem havido os que não podiam freqüentar a escola por serem demasiado pobres para pagar a instrução. Mas quando se tornaram filhos e filhas de Deus, lançaram mão do trabalho onde se achavam, trabalhando pelos que lhes estavam ao redor. Ainda que destituídos do conhecimento obtido na escola, consagraram-se a Deus, e Deus trabalhou por intermédio deles. Do mesmo modo que os discípulos quando chamados de junto de suas redes para seguir a Cristo, aprenderam eles preciosas lições do Salvador. Uniram-se ao Grande Mestre, e o conhecimento que obtiveram das Escrituras, habilitou-os a falar de Cristo aos outros. Assim se tornaram verdadeiramente sábios, porque não eram por demais sábios em seu próprio conceito para receberem instrução do alto. O renovador poder do Espírito Santo deu-lhes energia prática e salvadora. CEv 35 1 O conhecimento do homem mais sábio, se ele não estudou na escola de Cristo, é loucura no que diz respeito ao conduzir almas a Cristo. Deus pode trabalhar unicamente com os que aceitem o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. -- Testemunhos Selectos 2:537 (1900). ------------------------Capítulo 6 -- Uma obra de salvação de almas CEv 36 1 Um meio de levar almas para Cristo -- Necessitamos reconhecer a importância da colportagem como um grande meio de descobrir os que estão em perigo e levá-los a Cristo. Nunca se deve proibir aos colportores falar do amor de Cristo, contar sua experiência em seu serviço pelo Mestre. Devem ter liberdade em falar e orar com os que estão despertados. A simples história do amor de Cristo pelo homem, abrir-lhes-á portas, mesmo no lar de incrédulos. -- Testemunhos Selectos 2:543 (1900). CEv 36 2 Aquele que empreende a obra da colportagem como deve, precisa ser tanto educador como estudante. Enquanto procura ensinar aos outros, ele mesmo precisa aprender a fazer a obra de um evangelista. Saindo os colportores ao campo com coração humilde, cheio de fervente atividade, acharão muitas oportunidades para falar em tempo uma palavra a almas prestes a morrer no desânimo. Depois de trabalhar por estes necessitados, estarão habilitados a dizer: "Noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor." Efésios 5:8. Ao virem o pecaminoso procedimento de outros, podem dizer "É o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." 1 Coríntios 6:11. -- Idem, 2:551 (1900). CEv 37 1 Meus irmãos e irmãs, lembrai-vos de que um dia estareis em pé diante do Senhor de toda a Terra, para dar contas das ações praticadas no corpo. Então vosso trabalho aparecerá como em realidade é. A vinha é grande, e o Senhor está chamando obreiros. Não permitais que coisa alguma vos impeça de salvar almas. A colportagem é o meio mais bem-sucedido de ganhar almas. Não o quereis experimentar? -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. CEv 37 2 O colportor deve revelar a Cristo -- Os interesses de Cristo são os primeiros e os mais elevados de todos os interesses. Ele tem, neste mundo, uma propriedade que deseja ver segura, salva para Seu eterno reino. É para a glória de Seu Pai e para a Sua própria que Seus mensageiros devem sair em Seu nome, porque estes e Ele são um. Eles devem revelá-Lo ao mundo. Os interesses de Cristo são os interesses deles. Se eles forem cooperadores dEle, serão feitos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, de uma herança imortal. -- Ibidem. CEv 37 3 Falar palavras de verdade -- A obra da colportagem é uma obra de grande responsabilidade, e significa muito, não apenas para os que nela se empenham, mas também para aqueles por quem eles trabalham. Lembre-se o colportor de que sua obra é evangelística em sua natureza, e que Deus deseja que os que por ele são visitados, sejam salvos. Conserve o coração sob a influência do Espírito Santo. Mantenha a Bíblia junto a si para referência, e quando se apresentar uma oportunidade para falar as palavras da verdade, ore pedindo graça para falar com sabedoria, para que suas palavras sejam para aqueles a quem fala um cheiro de vida para vida. -- Idem, 16 de Junho de 1903. CEv 38 1 Caçar e pescar almas -- São necessários colportores-evangelistas para caçar e pescar almas. A colportagem deve agora ser empreendida zelosa e resolutamente. O colportor cujo coração é manso, modesto e humilde, pode efetuar muito bem. Saindo de dois em dois, os colportores podem alcançar uma classe que nossas reuniões campais não atingem. De família em família, eles levam a mensagem de verdade. Assim chegam em íntimo contato com as pessoas e acham muitas oportunidades para falar do Salvador. Cantem eles e orem com aqueles que se vêem a interessar pelas verdades que eles têm para dar. Falem às famílias as palavras de Cristo. Podem esperar êxito, porque deles é a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Os colportores que saem no espírito do Mestre, têm a companhia de seres celestiais. CEv 38 2 Rogo aos que têm responsabilidades na causa de Deus não permitam que empreendimentos comerciais se interponham entre eles e a obra de salvar almas. Não se consinta que negócios absorvam o tempo e os talentos dos obreiros, que devem estar empenhados em preparar um povo para a vinda do Senhor. A verdade deve ir avante como uma lâmpada que arde. O tempo é breve; o inimigo fará todo esforço para enaltecer em nossa mente coisas de somenos importância e para levar-nos a considerar com leviandade exatamente a obra que mais precisa ser feita. -- Idem, 2 de Junho de 1903. CEv 38 3 Alcançar todas as classes -- A fim de atingir todas as classes, precisamos ir ter com elas. Raramente nos virão procurar de moto próprio. Não somente do púlpito é tocado o coração dos homens pela verdade divina. Outro campo de labor existe, mais humilde, talvez, mas igualmente promissor. Encontra-se no lar do humilde, e na mansão do grande. -- O Desejado de Todas as Nações, 152 (1898). CEv 39 1 Nos caminhos -- Levai os livros aos homens de negócio e aos ensinadores do evangelho, cuja mente não foi atraída para as especiais verdades para este tempo. A mensagem deve ser dada nos "caminhos" -- a homens que têm parte ativa no trabalho do mundo, aos ensinadores e dirigentes do povo. Milhares podem ser atingidos do modo mais simples e humilde. Os mais intelectuais, aqueles que são considerados os homens e mulheres mais dotados do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas simples palavras de um que ama a Deus e que pode falar deste amor tão naturalmente como o mundano fala das coisas que mais profundamente o interessam. Muitas vezes as palavras bem preparadas e estudadas têm apenas pequena influência. Mas a verdadeira e honesta expressão de um filho ou filha de Deus, falada em natural simplicidade, tem poder para abrir a porta a corações que por muito tempo estiveram fechados contra Cristo e Seu amor. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. CEv 39 2 Os livros alcançarão os que não podem ser alcançados de nenhuma outra maneira -- os que vivem longe dos grandes centros. Eu chamo a esses, os ouvintes dos atalhos. A tais pessoas nossos colportores devem levar os livros que contêm a mensagem de salvação. CEv 39 3 Nossos colportores devem ser evangelistas de Deus e ir de casa em casa, em lugares fora de mão, abrindo as Escrituras aos que encontrarem. Acharão os que estão ansiosos de aprender das Escrituras. ... CEv 39 4 Desejo grandemente fazer tudo que estiver em meu poder para alcançar aos que estão nos caminhos e nos atalhos. -- Carta 155, 1903. CEv 40 1 Nos grandes centros de turismo -- Nos renomados centros de turismo e estações de cura, onde milhares vão em busca de saúde e de prazer, devem colocar-se pastores e colportores capazes de prender a atenção das multidões. Atentem esses obreiros para a oportunidade de apresentar a mensagem para este tempo e realizem reuniões ao apresentar-se ocasião. Agarrem sem demora as oportunidades de falar ao povo. Acompanhados pelo poder do Espírito Santo, vão eles ao encontro do povo com a mensagem apresentada por João Batista: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus." A Palavra de Deus deve ser apresentada com clareza e poder, para que os que têm ouvidos para ouvir ouçam a verdade. Assim o evangelho da verdade presente será posto no caminho dos que não o conhecem, e será aceito por não poucos, e levados por estes a seus próprios lares em todas as partes do mundo. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1906. CEv 40 2 Ajudar os intemperantes -- Em vosso trabalho, encontrareis os que estão batalhando contra o apetite. Falai palavras que os fortaleçam e os animem. Não deixeis Satanás apagar a última centelha de esperança de seu coração. Cristo diz do errante, vacilante e que luta com o mal: "Deixa-o vir a Mim"; e Ele coloca Sua mão debaixo dele e o levanta. A obra que Ele fez, vós, como Seus evangelistas, podeis fazer ao irdes de lugar em lugar. Trabalhai com fé, esperando que almas sejam ganhas para Aquele que deu Sua vida a fim de que homens e mulheres pudessem estar junto de Deus. Cooperai com Deus para ganhar o beberrão e o adepto do fumo, dos hábitos que os rebaixam até o ponto de estarem abaixo do nível dos animais, que perecem. -- Idem, 27 de Janeiro de 1903. CEv 41 1 Orar pelos enfermos e desencorajados -- Cristo semeava as sementes da verdade onde quer que estivesse, e como Seus seguidores, podeis testemunhar em favor do Mestre, fazendo um muito precioso trabalho no círculo familiar. Em assim vos associando com o povo, muitas vezes encontrareis os que se acham doentes e desanimados. Se vos achegais a Cristo, levando Seu jugo, diariamente aprendereis dEle como levar mensagens de paz e conforto aos aflitos e desanimados, tristes e contritos. Podeis indicar aos desanimados a Palavra de Deus e apresentar os doentes ao Senhor em oração. Ao orardes, falai a Cristo como faríeis a um fidedigno e muito amado amigo. Mantende uma doce, franca e agradável dignidade, como um filho de Deus. Isto será reconhecido. -- Testemunhos Selectos 2:542, 543 (1900). CEv 41 2 Com uma oração nos lábios -- As reivindicações de Deus devem estar sempre diante de nós. Não nos devemos esquecer nunca de que precisamos prestar contas de tudo o que tivermos feito por meio do corpo. Compenetrados deste pensamento, os colportores vigiarão por almas e sua oração sairá de lábios sinceros pedindo sabedoria para falar uma palavra a tempo aos que necessitam de auxílio. Tais obreiros estarão continuamente elevando e purificando a alma na obediência à verdade. Terão uma compreensão verdadeira do valor da alma, e farão o máximo de cada oportunidade para tornar conhecidas as riquezas da graça de Cristo. Saia o colportor tendo nos lábios a oração: "Senhor, que queres que faça?" Trabalhe como à vista de Deus e na presença de anjos celestiais; deseje em todas as coisas ser aprovado por Deus; e seu trabalho não será infrutífero. CEv 42 1 Precisamos muito menos controvérsia e muito mais apresentação de Cristo. Nosso Redentor é o centro de toda a nossa fé e esperança. Os que podem apresentar Seu incomparável amor e inspirar corações a dar-Lhe suas melhores e mais santas afeições, estão fazendo trabalho que é grande e santo. Pela diligência em colportar, pela fidelidade em apresentar ao povo a cruz do Calvário, o colportor duplica sua utilidade. CEv 42 2 Mas conquanto apresentemos estes métodos de trabalho, não podemos estabelecer uma regra fixa para cada um seguir. Circunstâncias alteram casos. ... CEv 42 3 Falar do amor de Cristo -- Muitas vezes assuntos doutrinários são apresentados sem nenhum efeito especial; porque os homens já esperam que os outros lhes queiram impor suas doutrinas; mas quando se demora no incomparável amor de Cristo, Sua graça impressiona o coração. Há muitos que estão sinceramente buscando a luz, que não sabem o que fazer para serem salvos. Oh! falai-lhes do amor de Deus, do sacrifício feito na cruz do Calvário para salvar os que perecem! Dizei-lhes que coloquem sua vontade ao lado da vontade de Deus; e "se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus". João 7:17. -- Manual for Canvassers, 46-48 (1902). CEv 42 4 Evitar pontos controvertidos -- Ao visitar o colportor as pessoas em seu lar, muitas vezes terá oportunidade de ler-lhes da Bíblia ou dos livros que ensinam a verdade. Quando ele descobre aqueles que estão buscando a verdade, pode realizar estudos bíblicos com eles. Estes estudos bíblicos são justamente o de que o povo necessita. Deus usará em Seu serviço aqueles que assim mostram um profundo interesse nas almas que perecem. Por meio deles, Ele comunicará luz aos que estão prontos para receber instrução. CEv 42 5 Alguns dos que trabalham na colportagem têm um zelo que não está de acordo com o entendimento. Devido a sua falta de sabedoria, devido a terem sido tão inclinados a agir como pastores e teólogos, têm-se tornado quase uma necessidade impor restrições a nossos colportores. Quando a voz do Senhor pergunta: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" o divino Espírito põe no coração a resposta: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Mas tende em mente que a brasa viva do altar precisa primeiro tocar vossos lábios. Então as palavras que falardes serão palavras sábias e santas. Tereis sabedoria para saber o que dizer e o que deixar de dizer. Não tentareis revelar vossa habilidade como teólogos. Tereis cuidado de não levantar um espírito combativo ou excitar preconceitos, de introduzir pontos controvertidos de doutrina. Encontrareis bastante sobre o que falar, que não excitará oposição, mas abrirá o coração para desejar um conhecimento mais profundo da Palavra de Deus. CEv 43 1 Pronto para responder -- O Senhor deseja que sejais ganhadores de almas; por isso, conquanto não devais impor ao povo pontos doutrinários, "estais sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós." 1 Pedro 3:15. Por que temor? -- Temor de que vossas palavras cheirem a presunção, de que sejam faladas palavras imprudentes, de que vossas palavras e maneiras não sejam segundo a semelhança de Cristo. Ligai-vos firmemente a Cristo e apresentai a verdade como se acha nEle. -- Testemunhos Selectos 2:543, 544 (1900). CEv 43 2 Exaltar a Cristo -- Trabalhai como Paulo trabalhava. Onde quer que estivesse, diante dos intratáveis fariseus ou das autoridades romanas, dos ricos ou dos pobres, dos doutos ou ignorantes, do coxo de Listra ou dos convictos pecadores da prisão macedônica, ele exaltava a Cristo como Aquele que odeia o pecado e ama o pecador, que levou os nossos pecados para que nos pudesse comunicar Sua justiça. -- Manual for Canvassers, 44 (1902). CEv 44 1 O pastor como colportor -- O colportor inteligente, temente a Deus e amante da verdade, deve ser respeitado; porque ele ocupa uma posição igual à do pastor evangélico. Muitos de nossos pastores jovens e dos que se estão preparando para o ministério fariam, se verdadeiramente convertidos, muito bem trabalhando no campo da colportagem. E aproximando-se do povo e apresentando-lhes nossas publicações, ganhariam uma experiência que não podem obter pregando, simplesmente. Ao irem de casa em casa, poderiam conversar com as pessoas, levando-lhes a fragrância da vida de Cristo. Em assim se esforçando para abençoar outros, abençoar-se-iam a si mesmos; obteriam uma experiência na fé; seu conhecimento das Escrituras aumentaria grandemente; e estariam constantemente aprendendo como ganhar almas para Cristo. CEv 44 2 Todos os nossos pastores devem sentir-se na liberdade de levar livros consigo para dispor deles, aonde quer que vão. Aonde quer que o pastor vá, pode deixar um livro com a família em cuja casa se hospeda, seja vendendo ou dando-o. Muita obra desta espécie foi feita nos primeiros tempos da história da mensagem. Os pastores faziam-se de colportores, usando os lucros obtidos pela venda dos livros em ajudar o avançamento da obra em lugares que precisavam de auxílio. Estes podem falar inteligentemente a respeito deste método de trabalho, porque tiveram experiência neste ramo. CEv 44 3 Ninguém pense que rebaixa um ministro do evangelho o empenhar-se na colportagem, como um meio de levar a verdade ao povo. Fazendo esta obra, está ele trabalhando do mesmo modo que o apóstolo Paulo, que disse: "Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós, servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos dos Apóstolos 20:18-21. O eloquente Paulo, a quem Deus Se manifestou de maneira maravilhosa, ia de casa em casa com toda a humildade de espírito, e com muitas lágrimas e tentações. -- Testemunhos Selectos 2:540, 541 (1900). CEv 45 1 Tão importante quanto a pregação -- O pastor-evangelista que se empenha na colportagem está realizando um serviço tão importante quanto a pregação do evangelho perante a congregação cada sábado. Deus olha para o fiel colportor-evangelista com tanta aprovação quanto olha para todo fiel pastor. Ambos os obreiros possuem luz e ambos devem fazê-la brilhar em suas respectivas esferas de influência. Deus requer de todo homem que coopere com a grande Obra Médico-Missionária e saia pelos caminhos e atalhos. Todo homem, em seu setor particular de serviço, tem uma obra a fazer para Deus. Tais obreiros, se convertidos, são verdadeiros missionários. -- Carta 186, 1903. CEv 45 2 Há alguns que se adaptam à obra da colportagem e que podem fazer mais neste ramo do que pregando. Se o Espírito de Cristo habitar em seu coração, acharão oportunidade para apresentar Sua Palavra a outros e para dirigir a mente às especiais verdades para este tempo. -- Testemunhos Selectos 2:542 (1900). CEv 46 1 Gozo no serviço -- A alegria de Cristo era auxiliar aos que necessitavam de auxílio, procurar os perdidos, salvar os que estavam a perecer, levantar os caídos, curar os doentes e falar palavras de simpatia e consolo aos tristes e abatidos. Quanto mais nos acharmos imbuídos de Seu Espírito, mais zelosamente trabalharemos pelos que nos estão ao redor e mais faremos pelos outros, maior será nosso amor pela obra e maior nosso deleite em seguir ao Mestre. Nosso coração será cheio do amor de Deus; e com zelo e um poder convincente, falaremos do Salvador crucificado. CEv 46 2 Pergunto àqueles a quem veio a luz da verdade: Que ireis fazer durante o ano que está justamente a começar? Deter-vos-eis a contender uns com os outros, para enfraquecer e destruir a fé da humanidade? ou devotareis vosso tempo a fortalecer os restantes, que estão para morrer? Empenhando-se nosso povo num zeloso trabalho pelo Mestre, as queixas cessarão de ser ouvidas. Muitos serão levantados do desalento que lhes está arruinando o corpo e a alma. Trabalhando por outros, eles terão muito que os auxiliará a falar, quando se reunirem para adorar a Deus. Os testemunhos que derem não serão sombrios e desanimados, mas cheios de gozo e ânimo. Em vez de pensar e falar nas faltas de seus irmãos e irmãs e a respeito das próprias provações, pensarão e falarão no amor de Cristo e procurarão zelosamente tornar-se mais eficientes obreiros para Ele. -- The Review and Herald, 27 de Janeiro de 1903. ------------------------Capítulo 7 -- Entrega completa a Deus CEv 47 1 O que é o mais importante -- Os que se empenham na obra da colportagem devem primeiro dar-se a Deus completamente e sem reservas. Cristo os convida: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." -- Manuscrito 26, 1901. CEv 47 2 Remindo o tempo -- Se tendes negligenciado o tempo de semeadura, se permitistes que as oportunidades providas por Deus passassem inaproveitadas, se vos tendes agradado a vós mesmos, não vos arrependereis agora, antes que seja demasiado tarde, esforçando-vos para remir o tempo? A obrigação de usar vossos talentos no serviço do Mestre, repousa pesadamente sobre vós. Vinde ao Senhor, e fazei inteira entrega de tudo a Ele. Não podeis permitir a perda de nem mais um dia. Assumi vossa obra negligenciada. Afastai vossa lamentosa incredulidade, vossa inveja e maus pensamentos, e ide para o trabalho em humildade de fé e fervente oração ao Senhor para que vos perdoe pelos vossos anos em que vos não consagrastes. Suplicai auxílio ao Senhor. Se o buscardes ferventemente, com todo o coração, encontrá-Lo-eis, e Ele vos fortalecerá e abençoará. -- The Review and Herald, 27 de Janeiro de 1903. CEv 48 1 Ser humildes e prontos a aprender -- Ao escolher homens e mulheres para Seu serviço Deus não indaga se eles possuem saber, ou eloqüência, ou riquezas mundanas. Pergunta: "Andam eles com tanta humildade, que Eu lhes possa ensinar os Meus caminhos? Posso pôr-lhes nos lábios Minhas palavras? Representar-Me-ão eles?" CEv 48 2 Deus pode servir-Se de cada pessoa na proporção exata em que Lhe é possível pôr o Seu Espírito no templo da alma. A obra aceita é aquela que Lhe reflete a imagem. Seus seguidores devem apresentar, como credenciais perante o mundo, os indeléveis característicos de Seus princípios imortais. -- Testemunhos Selectos 3:145, 146 (1902). CEv 48 3 Por que muitos têm falhado -- Os colportores precisam converter-se diariamente a Deus, a fim de que suas palavras e ações sejam um cheiro de vida para vida, para que possam exercer uma influência salvadora. A razão por que muitos fracassaram na colportagem, está em não terem sido cristãos genuínos; não conheciam o espírito da conversão. Tinham uma teoria a respeito de como a obra devia ser feita, mas não sentiam sua dependência de Deus. CEv 48 4 Mudado pela contemplação -- Colportores, lembrai-vos de que nos livros que manejais, estais apresentando, não a taça que contém o vinho de Babilônia, as doutrinas do erro ministradas aos reis da Terra, mas a taça cheia da preciosidade das verdades da redenção. Quereis vós mesmos beber dela? Vosso espírito pode ser levado em cativeiro à vontade de Cristo, e Ele pode colocar sobre vós Sua própria imagem. Contemplando, sereis transformados de glória em glória, de caráter em caráter. Deus deseja que venhais para a frente, falando as palavras que Ele vos dará. Deseja que mostreis avaliardes altamente a humanidade, essa humanidade que foi adquirida pelo precioso sangue do Salvador. Quando cairdes sobre a pedra e vos despedaçardes, experimentareis o poder de Cristo, e os outros reconhecerão o poder da verdade em vosso coração. -- Idem, 2:536 (1900). CEv 49 1 Revestir-se de Cristo -- Ninguém pode ser um bem-sucedido ganhador de almas antes que ele mesmo tenha decidido entregar-se a Deus. Nós, individualmente, devemos revestir-nos do Senhor Jesus Cristo. Para cada um de nós Ele tem de tornar-Se sabedoria, justiça, santificação e redenção. Quando nossa fé se apoderar de Cristo como nosso Salvador pessoal, expô-Lo-emos perante os outros sob nova luz. E quando o povo contemplar a Cristo como Ele é, não contenderão a respeito de doutrinas; fugirão para Ele em busca de perdão, pureza e vida eterna. CEv 49 2 A dificuldade que mais deve ser temida é a de que o colportor que encontre estas almas inquiridoras não esteja ele mesmo convertido; que ele mesmo não conheça por experiência o amor de Cristo, que excede todo o entendimento. Se ele mesmo não tem este conhecimento, como pode contar aos outros a preciosa e velha, velha história? O povo precisa ser ensinado a respeito da própria essência da verdadeira fé, o caminho para aceitar a Cristo e confiar nEle como seu Salvador pessoal. Eles precisam saber como podem seguir Seus passos para onde quer que Ele vá. Que os pés do obreiro sigam, passo a passo, as pisadas de Jesus e não assinalem nenhum outro caminho para ir ao Céu. CEv 49 3 Atrair os homens ao redentor -- Muitos cristãos professos se têm apartado de Cristo, o grande centro, e se têm feito a si mesmos de centros; mas se desejarem ser bem-sucedidos em atrair outros ao Salvador, precisam eles mesmos refugiar-se nEle e reconhecer sua completa dependência de Sua graça. Satanás tem feito o máximo esforço possível para romper a cadeia que une os homens a Deus; deseja amarrar-lhes a alma a seu próprio carro e fazê-los escravos em seu serviço; mas nós devemos trabalhar contra ele e atrair homens ao Redentor. -- Manual for Canvassers, 50 (1902). CEv 50 1 A alma levada a Jesus está em segurança -- Quando uma alma foi trazida a Cristo por meio deste trabalho pessoal, deixai que Deus trabalhe pelo coração submisso e humilde; deixai Deus impor-lhe justamente o serviço que Ele acha apropriado. Deus prometeu que Sua graça será suficiente para todo que vier a Ele. Os que se entregam a Jesus, que abrem a porta do coração e O convidam para entrar, estarão seguros. Ele diz: "Eu sou a Caminho, a Verdade e a Vida." João 14:6. Possuindo a Jesus, possuirão a verdade. Serão completos nEle. -- Ibidem. CEv 50 2 Absoluta honestidade -- Se o colportor segue um mau procedimento, se profere a falsidade ou pratica engano, perde o respeito de si mesmo. Ele pode não ter consciência de que Deus o vê e está a par de cada transação comercial, de que santos anjos estão pesando seus motivos e ouvindo suas palavras e de que sua recompensa será de acordo com suas obras; mas se fosse possível ocultar seu mau procedimento da inspeção humana e divina, o fato de que ele mesmo o conhece, é degradante a seu espírito e caráter. Um único ato não determina o caráter, mas quebra a barreira; e a próxima tentação é mais prontamente agasalhada, até que, finalmente, se forma um hábito de prevaricação e desonestidade no negócio, e o homem se torna indigno de confiança. CEv 51 1 Há muitos, nas famílias e na igreja, que pouca conta fazem de patentes incoerências. Há jovens que parecem o que não são. Parecem honestos e verdadeiros; mas são como sepulcros caiados, bonitos por fora mas corruptos por dentro. O coração está manchado, denegrido pelo pecado; e assim permanece o registro nas cortes celestiais. Tem estado em prosseguimento em seu espírito um processo que os tornou calejados, insensíveis. Mas se seu caráter, pesado nas balanças do santuário, for pronunciado em falta no grande dia de Deus, será uma calamidade que não compreendem agora. A verdade, a preciosa e pura verdade, deve fazer parte do caráter. CEv 51 2 Pureza de vida -- Qualquer que seja o caminho escolhido, a senda da vida está rodeada de perigos. Se os obreiros em qualquer ramo da causa se tornam descuidosos e desatentos a seus deveres eternos, estão enfrentando grande perda. O tentador achará acesso a eles. Ele espalhará redes para seus pés e guiá-los-á em caminhos duvidosos. Só estão seguros aqueles cujo coração está guarnecido de princípios puros. Como Davi, eles orarão: "Dirige os meus passos nos Teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem." Uma constante batalha precisa ser mantida contra o egoísmo e a corrupção do coração humano. Muitas vezes os ímpios parecem ser prósperos em seus caminhos; mas os que esquecem a Deus, mesmo por uma hora ou um momento, estão num caminho perigoso. Pode ser que não reconheçam seus perigos; mas antes de estarem apercebidos, o hábito, semelhante a um laço de ferro, prende-os em sujeição ao mal, com o qual brincaram. Deus despreza seu procedimento e Sua bênção não os seguirá. CEv 52 1 Não contemporizar com o pecado -- Tenho visto que jovens empreendem este trabalho sem se ligarem ao Céu. Colocam-se no caminho da tentação para mostrar sua bravura. Riem-se da insensatez dos outros. Eles conhecem o caminho reto; sabem como conduzir-se. Quão facilmente podem resistir à tentação! Quão infundado é pensar em sua queda! Mas não fazem de Deus sua defesa. Satanás tem um insidioso laço preparado para eles, e eles mesmos se tornam o joguete dos tolos. CEv 52 2 Nosso grande adversário tem agentes que estão constantemente à caça de uma oportunidade para destruir almas, como um leão caça sua presa. Foge deles, jovem! Porque conquanto pareçam ser teus amigos, eles astutamente introduzem maus caminhos e práticas. Lisonjeiam-te com os lábios e oferecem-se para ajudar-te e guiar-te; mas seus passos dirigem-se para o inferno. Se ouvires seus conselhos, isto pode ser o ponto decisivo de tua vida. A remoção de uma única salvaguarda da consciência, a contemporização com um só hábito, uma simples negligência das elevadas exigências do dever, pode ser o princípio de uma série de enganos, que te passará para as fileiras dos que estão servindo a Satanás, ao passo que estás todo o tempo professando amar a Deus e a Sua causa. Um momento de negligência, um único passo em falso, pode tornar todo o curso de tua vida para uma direção errada. E pode ser que nunca venhas a saber o que causou tua ruína, antes de ser pronunciada a sentença "Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." CEv 52 3 Abandonar más companhias -- Alguns jovens sabem que aquilo que eu tenho dito, descreve plenamente seu procedimento. Seus caminhos não estão ocultos ao Senhor, ainda que estejam ocultos a seus melhores amigos, mesmo seu pai e mãe. Tenho pouca esperança de que alguns destes jamais mudem seu curso de hipocrisia e engano. Outros que erram estão procurando remir-se a si mesmos. Que o querido Jesus os auxilie para que fixem a face como um seixo contra todas as falsidades e as lisonjas dos que haveriam de enfraquecer seus propósitos de fazer o que é reto, ou que haveriam de insinuar dúvidas ou sentimentos de infidelidade para abalar sua fé na verdade. Jovens amigos, não gasteis uma hora sequer na companhia daqueles que vos inabilitariam para a pura e sagrada obra de Deus. Não façais diante dos estranhos coisa alguma que não faríeis diante de vosso pai ou mãe, ou que teríeis vergonha de fazer diante de Cristo e dos anjos. CEv 53 1 Alguns podem pensar que os observadores do sábado não necessitam destas admoestações; mas aqueles a quem elas se aplicam sabem o que eu quero dizer. Eu vos digo, jovens, que vos acauteleis; porque não podeis fazer coisa alguma que não seja aberta aos olhos dos anjos de Deus. Não podeis praticar uma ação má, sem que outros sejam afetados por ela. Enquanto vosso procedimento revela que espécie de material é empregado na formação de vosso próprio caráter, exerce também uma poderosa influência sobre os outros. Nunca percais de vista o fato de que pertenceis a Deus, de que fostes comprados por preço e de que precisais prestar contas a Ele de todos os talentos que vos confiou. Ninguém cuja mão esteja manchada com pecado, ou cujo coração não seja reto para com Deus, deve ter qualquer parte na colportagem; porque tais pessoas haverão de, certamente, desonrar a causa da verdade. Os que são obreiros no campo missionário, precisam de Deus para os guiar. Devem ser cuidadosos para começar direito, e então prosseguir calma e firmemente no caminho da retidão. Devem ser resolutos; pois Satanás é resoluto e perseverante em seus esforços por vencê-los. -- Testimonies for the Church 5:396-399 (1885). CEv 54 1 Constante dependência de Deus -- Aquele que em seu trabalho encontra provas e tentações, deve aproveitar com essas experiências, aprendendo a apoiar-se mais decididamente em Deus. Deve sentir a todo momento sua dependência de Deus. CEv 54 2 Nenhuma queixa deve ser cultivada em seu coração ou ser pronunciada por seus lábios. Quando bem-sucedido, não deve tomar para si nenhuma glória, porque seu êxito é devido à operação dos anjos de Deus sobre o coração. E lembre-se ele de que tanto no tempo de animação como no de desânimo os mensageiros celestiais estão sempre a seu lado. Ele deve reconhecer a bondade do Senhor, e louvá-Lo com alegria. CEv 54 3 Cristo pôs de lado Sua glória e veio à Terra para sofrer pelos pecadores. Se encontrarmos durezas em nosso trabalho, olhemos para Aquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Então não falharemos nem ficaremos desanimados. Suportaremos as durezas como bons soldados de Jesus Cristo. Lembrai-vos do que Ele diz de todos os verdadeiros crentes: "Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. -- Testemunhos Selectos 2:550, 551 (1900). CEv 54 4 A maior necessidade do mundo -- A maior necessidade do mundo é a de homens -- homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus. -- Educação, 57 (1903). ------------------------Capítulo 8 -- Plenamente preparado CEv 55 1 Preparo integral -- Obra muito mais eficaz do que a que tem sido feita até agora no campo da colportagem, poder-se-á fazer ainda. Não deve o colportor sentir-se satisfeito a menos que esteja constantemente melhorando. Ele deve fazer completa preparação, mas não deve satisfazer-se com uma forma estabelecida de palavras; deve dar ao Senhor uma oportunidade de cooperar com seus esforços e impressionar sua mente. O amor de Jesus presente no coração capacitá-lo-á a imaginar meios de alcançar acesso aos indivíduos e famílias. -- Testimonies for the Church 5:396 (1885). CEv 55 2 Que uma classe de colportores seja habilitada mediante completa instrução e exercício, a manejar as publicações que saírem dos prelos. -- Carta 66, 1901. CEv 55 3 Conhecimento da palavra de Deus -- A mente de todos deve ser enriquecida com o conhecimento das verdades da Palavra de Deus, a fim de que possam achar-se preparados, em qualquer momento em que lhes seja requerido, a apresentar do tesouro coisas novas e velhas. -- Obreiros Evangélicos, 281 (1880). CEv 55 4 Conhecimento do livro que vende -- Os colportores devem familiarizar-se perfeitamente com o livro que vendem e estar habilitados a chamar de pronto a atenção para os capítulos importantes. -- Testemunhos Selectos 2:554 (1900). CEv 56 1 Cultura intelectual e do coração -- Necessitam-se jovens que sejam amadurecidos no entendimento, que apreciem as faculdades intelectuais que Deus lhes deu, e que as cultivem com o maior cuidado. O exercício amplia essas faculdades, e se a cultura do coração não é negligenciada, o caráter será bem equilibrado. Os meios de progresso estão ao alcance de todos. Ninguém desaponte o Mestre, quando Ele vier para buscar os frutos, apresentando-Lhe nada mais que folhas. Um propósito resoluto, santificado pela graça de Cristo, fará maravilhas. -- Testimonies for the Church 5:403 (1885). CEv 56 2 Sejam os colportores estudantes fiéis, aprendendo como ter o máximo êxito. E enquanto estão assim empregados, conservem os olhos, e os ouvidos, e o entendimento abertos para receber sabedoria de Deus, a fim de que saibam como ajudar aos que estão perecendo por falta de conhecimento de Cristo. Que cada obreiro concentre suas energias e use suas faculdades para o mais elevado de todos os serviços -- para reaver homens do laço de Satanás e ligá-los a Deus, prendendo a cadeia de dependência por Jesus Cristo ao trono circundado pelo arco-íris da promessa. -- Manual for Canvassers, 50, 51 (1900). CEv 56 3 Responsabilidades dos instrutores de curso de colportagem -- Os instrutores na obra de colportagem têm solenes responsabilidades a levar. Os que compreendem corretamente sua posição, dirigirão e instruirão os que estão sob seu cuidado com o senso de sua responsabilidade pessoal, e inspirarão outros à fidelidade na causa. Demorar-se-ão em orar e compreenderão que suas palavras e ações estão produzindo impressões que não se apagarão facilmente mas durarão como a eternidade. Perceberão que nenhum outro pode vir após eles para corrigir seus erros, ou suprir suas deficiências. Quão importante é, então, que o assunto, a maneira, o espírito do instrutor sejam segundo a ordem de Deus. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. CEv 57 1 Ser educado e preparado -- Os presidentes de nossas associações e outros que estão em posições de responsabilidades, têm um dever a cumprir neste assunto, para que os diferentes ramos de nossa obra possam receber igual atenção. Os colportores devem ser instruídos e preparados para fazer o trabalho requerido em vender os livros sobre a verdade presente, dos quais o povo necessita. São necessários homens de profunda experiência cristã, homens de espírito bem equilibrado, homens fortes e bem-educados, para empenhar-se nesta obra. O Senhor deseja que lancem mão da colportagem os que são capazes de instruir outros, os que podem despertar em moços e moças promissores um interesse por este ramo, levando-os a empreender a obra da colportagem e fazê-la com êxito. Alguns têm o talento, a educação e a experiência que os habilitaria a instruir os jovens para a colportagem de tal modo, que muito mais do que se está fazendo agora poderia ser feito. CEv 57 2 O experiente com o inexperiente -- Os que tiveram uma experiência neste trabalho têm o especial dever de ensinar outros. Ensinai, ensinai, ensinai moços e moças a venderem os livros que o Senhor, por intermédio de Seu Espírito Santo, inspirou Seus servos a escrever. Deus deseja que sejamos fiéis em ensinar aos que aceitam a verdade, para que possam crer com um propósito em vista e trabalhar inteligentemente segundo indica o Senhor. Que os inexperientes se unam aos obreiros experientes, a fim de que aprendam como trabalhar. Que busquem a Deus com mais fervor. Estes farão um bom trabalho na colportagem, se obedecerem às palavras: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina." 1 Timóteo 4:16. Os que dão evidência de que estão verdadeiramente convertidos e que se empenham na colportagem, verão que ela é o melhor preparo para outros ramos de trabalho missionário. CEv 58 1 Se os que conhecem a verdade a praticassem, seriam ideados métodos para dirigir-se ao povo onde ele se acha. Foi a providência de Deus que, no princípio da igreja cristã, espalhou os santos, enviando-os para fora de Jerusalém, a muitas partes do mundo. Os discípulos de Cristo não permaneceram em Jerusalém ou nas cidades próximas, mas foram para além dos limites de seu próprio país, às grandes vias, buscando os perdidos para levá-los a Deus. Hoje o Senhor deseja ver Sua obra levada a muitos lugares. Não devemos limitar nosso trabalho a umas poucas localidades. -- Testemunhos Selectos 2:545, 546 (1900). CEv 58 2 Dois em dois -- Os colportores devem ser enviados de dois em dois. Obreiros inexperientes devem ser mandados com os de mais experiência para que lhes possam prestar auxílio. Podem conversar um com o outro e juntos estudar a Palavra da vida, orando juntos e um pelo outro. Assim tanto o cristão mais novo como o mais velho receberá a bênção de Deus. -- Manual for Canvassers, 21 (1902). CEv 58 3 No serviço de Deus -- Os colportores devem ser impressionados com o fato de que a colportagem é exatamente a obra que o Senhor deseja que eles façam. Devem lembrar-se de que estão no serviço de Deus. CEv 59 1 Penoso esforço é requerido; instruções devem ser dadas; um senso da importância da obra deve ser mantido perante os obreiros. Todos precisam acariciar o espírito de abnegação e sacrifício pessoal que foi exemplificado na vida de nosso Redentor. CEv 59 2 O capítulo seis de Isaías -- Leiam os colportores o capítulo seis de Isaías e levem suas lições ao coração: CEv 59 3 "Então disse eu: Ai de mim, que vou perecendo porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Mas um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:5-8. CEv 59 4 Esta declaração será repetida muitas vezes. O Senhor deseja que muitos tomem parte nesta grande obra, esses que são consagrados, cujo coração é humilde e que estão dispostos a empenhar-se em qualquer ramo que exija seu serviço. -- Manual for Canvassers, 22-24 (1902). CEv 59 5 Melhorando constantemente -- O seguidor de Cristo deve-se aperfeiçoar constantemente em maneiras, hábitos, espírito e trabalho. Isso se opera conservando o olhar, não somente nas consecuções exteriores e superficiais, mas em Jesus. Opera-se uma transformação na mente, no espírito e no caráter. O cristão é educado na escola de Cristo, para nutrir as graças de Seu Espírito em toda a mansidão e humildade. Está-se habilitando para a sociedade dos anjos celestiais. -- Obreiros Evangélicos, 283 (1915). CEv 60 1 Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de assegurar uma preparação para Sua obra. Espera que Lhe submetamos todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à Sua santidade e responsabilidades terríveis. -- A Ciência do Bom Viver, 498 (1905). ------------------------Capítulo 9 -- Exemplo nos hábitos, porte e vestuário CEv 61 1 Uma obra elevada e enobrecedora -- A obra da colportagem é o meio de Deus para alcançar muitos que, de outro modo, não seriam comovidos pela verdade. A obra é boa, o objetivo sublime e enobrecedor; e deve haver uma correspondente dignidade de comportamento. O colportor encontrará homens de várias opiniões. Encontrará os que são ignorantes e corruptos e que não podem apreciar senão o que lhes traga dinheiro. Estes serão abusivos; mas não lhes deve dar atenção. Sua boa natureza nunca deve falhar; ele deve tirar de toda perplexidade um ponto de vista alegre e esperançoso. Encontrará os que estão em privação, desanimados e de espírito ferido. Terá muitas oportunidades de falar a estes palavras bondosas e palavras de ânimo, esperança e fé. Ele pode ser uma fonte para refrigerar outros, se o quiser; mas, para fazer isto, ele mesmo precisa tirar da fonte da verdade viva. -- Testimonies for the Church 5:405 (1885). CEv 61 2 O perigo de fazer trabalho descuidado -- Bem pode cada um sentir uma responsabilidade individual nesta obra Bem pode ele considerar como melhor prender a atenção; por sua maneira de apresentar a verdade, pode decidir o destino de uma alma. Se causa uma impressão favorável, sua influência pode ser para aquela alma um cheiro de vida para vida; e aquela pessoa, iluminada com respeito à verdade, pode iluminar muitas outras. Por isso, é perigoso fazer trabalho descuidado em lidar com almas. -- Idem, 5:405 (1885). CEv 62 1 Necessidade de energia e entusiasmo -- Entre o povo que professa a verdade presente não existe um espírito missionário correspondente com nossa fé. Falta a têmpera do verdadeiro ouro no caráter. A vida cristã é mais do que eles pensam ser. Ela não consiste em mera gentileza, paciência, mansidão e bondade. Estas graças são essenciais; mas há necessidade de coragem, força, energia e perseverança também. Muitos dos que empreendem a obra da colportagem são fracos, apáticos, abatidos, desanimam-se facilmente. Falta-lhes iniciativa. Não têm esses positivos traços de caráter que dão aos homens o poder de fazer alguma coisa -- o espírito e a energia que acendem o entusiasmo. O colportor está empenhado num negócio honrado e não deve agir como se se envergonhasse dele. Se deseja que o êxito acompanhe seus esforços, precisa ser animoso e esperançoso. CEv 62 2 Cultivar virtudes ativas -- Precisam ser cultivadas as virtudes ativas, do mesmo modo que as passivas. O cristão, ao mesmo tempo que está sempre pronto para dar uma resposta branda para desviar a ira, precisa possuir a coragem de um herói para resistir ao mal. Com a caridade que tudo suporta, precisa ter a força de caráter que fará de sua influência um positivo poder para o bem. A fé precisa ser entretecida em seu caráter. Seus princípios precisam ser firmes; ele precisa ser de nobre espírito, acima de toda suspeita de indignidade. O colportor não deve ser cheio de si. Ao associar-se com os homens, não deve fazer-se notável, falando de si mesmo, jactanciosamente; porque por este procedimento haveria de desgostar pessoas inteligentes e sensatas. Não deve ser egoísta em seus hábitos, nem arrogante e imperioso em suas maneiras. CEv 63 1 Empregar o tato -- Muitos estão convencidos de que não têm tempo para ler um dentre dez mil dos livros que são publicados e postos à venda. E em muitos casos, quando o colportor torna conhecido seu trabalho, a porta do coração fecha-se firmemente; daí a grande necessidade de fazer seu trabalho com tato e num espírito de humildade e oração. Ele deve estar familiarizado com a Palavra de Deus e ter palavras a sua disposição para expor a preciosa verdade e mostrar o grande valor da leitura pura que carrega. -- Idem, 5:404, 405 (1885). CEv 63 2 Honestidade e integridade -- O obreiro que tem a causa de Deus no coração não insistirá em receber os maiores salários. Ele não alegará, como alguns de nossos jovens têm feito, que não conseguirá compradores, a menos que possa ostentar uma aparência de acordo com a moda e elegante, e se hospede nos melhores hotéis. O que o colportor precisa não é do traje irrepreensível, ou da aparência do almofadinha ou do excêntrico, mas daquela honestidade e integridade de caráter que se reflete no semblante. A bondade e a gentileza deixam sua impressão na face e a vista exercitada não vê nenhum engano, não descobre nenhuma maneira pomposa. CEv 63 3 Grande número tem entrado no campo como colportores, para quem os prêmios são o único meio de êxito. Não têm verdadeiro mérito como obreiros. Não têm nenhuma experiência na religião prática; têm as mesmas faltas, os mesmos gostos e condescendências que os caracterizavam antes de se dizerem cristãos. Deles, pode-se dizer que Deus não está em seus pensamentos; Ele não habita em seu coração. Há em seu caráter e comportamento uma pequenez, mundanidade e baixeza, que testificam contra eles, de que estão andando no caminho de seu próprio coração e seguindo a vista de seus próprios olhos. Não querem praticar a renúncia, mas estão resolvidos a gozar a vida. O tesouro celestial não lhes apresenta atrações; todos os seus gostos são descendentes, não ascendentes. Os amigos e parentes não podem elevar tais pessoas; porque elas não têm disposição para desprezar o mal e escolher o bem. -- Idem, 5:402 (1885). CEv 64 1 Casto, bondoso, temperante -- Os colportores necessitam de cultura própria e maneiras polidas -- não as maneiras afetadas e artificiais do mundo, mas as maneiras agradáveis que são o natural resultado da bondade de coração e de um desejo de copiar o exemplo de Cristo. Eles devem cultivar hábitos de reflexão e cuidado -- hábitos industriosos e discretos -- e buscar honrar a Deus fazendo de si mesmos tudo que lhes é possível tornarem-se. Jesus fez um infinito sacrifício para colocá-los no devido relacionamento com Deus e seus semelhantes, e o auxílio divino combinado com o esforço humano haverá de habilitá-los a alcançar uma elevada norma de excelência. O colportor deve ser casto como José, manso como Moisés e temperante como Daniel; então um poder o acompanhará aonde quer que vá. -- Idem, 396 (1885). CEv 64 2 Vestuário e maneiras agradáveis -- Temos agora grandes facilidades para espalhar a verdade; mas nosso povo não está à altura dos privilégios que lhe são concedidos. Nem todas as igrejas vêem e sentem a necessidade de usar suas habilidades em salvar almas. Não reconhecem seu dever de angariar assinantes para nossos periódicos, inclusive a que trata sobre saúde, e de apresentar ao público nossos livros e folhetos. CEv 65 1 Devem estar na obra homens que estejam dispostos a ser ensinados quanto à melhor maneira de se aproximarem de indivíduos e famílias. Seu vestuário deve ser correto, mas não ostentoso, e suas maneiras, tais que não desagradem ao povo. Existe entre nós, como um povo, grande necessidade da verdadeira polidez. Ela deve ser cultivada por todos os que lançam mão da obra missionária. -- Serviço Cristão, 151, 227 (1880). CEv 65 2 Roupa desasseada leva o descrédito contra a verdade que professamos crer. Deveis considerar que sois representantes do Senhor Jesus Cristo. Esteja, pois, toda a vida em harmonia com a verdade bíblica. ... Isto não é assunto de pouca conseqüência; pois ele afeta vossa influência sobre outros agora e para a eternidade. Não podeis esperar que o Senhor vos dê pleno sucesso na salvação de almas para Ele, a menos que toda vossa aparência e maneiras sejam de tal natureza que imponham respeito. A verdade é engrandecida mesmo pela impressão de asseio no vestuário. -- Carta 336, 1908. CEv 65 3 Pessoas de maneiras grosseiras não se adaptam a esta obra. Homens e mulheres que possuem tato, boa apresentação, fina percepção, mente perspicaz e que reconhecem o valor das almas, são os que podem ser bem-sucedidos. -- Manual for Canvassers, 18 (1902). CEv 65 4 Prestatividade e cortesia cristãs -- Deve o colportor fazer todo o esforço possível para deixar a luz da verdade resplandecer em boas obras. No desempenho de seu mister deve espargir em torno de si a fragrância da cortesia cristã, aproveitando toda oportunidade para praticar atos de prestimoso serviço. Deve educar-se para que possa falar distinta e impressivamente. Deve aprender diariamente na escola do grande Mestre. Cristo ajudará seguramente a todos os que nEle se ocultam, nEle confiando para fortalecimento. -- The Review and Herald, 16 de Junho de 1903. CEv 66 1 Cuidado na conduta -- Devem os nossos pastores e todos os que professam crer na verdade tomar decidida posição em referência ao baixo nível que alguns parecem inclinados a manter em relação a suas palavras e comportamento. Esses não correspondem em muitos casos de nenhuma maneira às sagradas e santas verdades que professamos. Muitos há que se sentem capazes de se tornarem colportores e que no entanto não são convertidos. Jamais conheceram a transformadora graça de Cristo. Não são puros. Estão vivendo diariamente uma vida descuidosa de pecado. Suas práticas são tais que obrigam os santos anjos a esconderem a face. Precisamos alcançar mais alto padrão, ou seremos uma desonra à causa de Deus e uma pedra de tropeço para os pecadores. -- Carta 26d, 1887. CEv 66 2 Exemplo na reforma de saúde -- Em vossa associação com incrédulos não vos permitais desviar-vos dos retos princípios. Se vos sentais à sua mesa, comei temperantemente e só de alimento que não confunda a mente. Guardai-vos da intemperança. Não podeis enfraquecer vossas faculdades mentais ou físicas, sem vos tornardes incapazes para discernir as coisas espirituais. Conservai a mente em tal estado que Deus possa impressioná-la com as preciosas verdades de Sua Palavra. CEv 67 1 Assim tereis influência sobre outros. Muitos procuram corrigir a vida de outros atacando aquilo que consideram como hábitos errôneos. Vão ter com aqueles a quem julgam estar em erro e apontam defeitos, mas não fazem fervoroso, prudente esforço a fim de dirigir-lhes a mente para os verdadeiros princípios. Tal procedimento muitas vezes deixa de alcançar os resultados desejados. Procurando corrigir os outros, nós também muitas vezes suscitamos o combate, e assim causaremos mais dano do que bem. Não observeis os outros para lhes apontar faltas ou erros. Ensinai pelo exemplo. Que vossa renúncia e vitória sobre o apetite seja uma ilustração de obediência aos retos princípios. Que vossa vida dê testemunho da santificadora, enobrecedora influência da verdade. -- Testemunhos Selectos 2:551, 552 (1900). CEv 67 2 As graças do Espírito -- Deus, em Seu grande amor, procura desenvolver em nós as preciosas graças do Seu Espírito. Permite que enfrentemos obstáculos, perseguições e vicissitudes, não como uma maldição, mas como a maior bênção de nossa vida. Toda tentação resistida, toda provação valorosamente suportada, traz-nos uma nova experiência, levando-nos avante na obra da edificação do caráter. A alma que, mediante o poder divino, resiste à tentação, revela ao mundo e ao universo celeste a eficácia da graça de Cristo. -- O Maior Discurso de Cristo, 117 (1896). CEv 67 3 "Atmosfera" pessoal -- Toda alma está circundada duma atmosfera própria, que pode estar carregada do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança, e perfumada com a fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com as nuvens do descontentamento e egoísmo, ou intoxicada com o contato mortal de um pecado acariciado. Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem nos comunicamos é consciente ou inconscientemente afetada. -- Parábolas de Jesus, 339 (1900). CEv 68 1 Caráter é poder -- O caráter é um poder. O testemunho silencioso de uma vida sincera, desinteressada e pia, exerce influência quase irresistível. Manifestando em nossa vida o caráter de Cristo, com Ele cooperamos na obra de salvar almas. Somente revelando em nossa vida o Seu caráter é que podemos com Ele colaborar. E quanto mais vasta a esfera de nossa influência, tanto maior bem podemos fazer. -- Idem, 340 (1900). CEv 68 2 Fiel como a bússola ao pólo -- Possa o Senhor ajudar cada um a desenvolver ao máximo os talentos confiados a seu cuidado. Os que trabalham nesta causa não estudam a Bíblia como deveriam. Se o fizessem, seus ensinos práticos teriam uma influência positiva sobre sua vida. Qualquer que seja vosso trabalho, caros irmãos e irmãs, fazei-o como para o Mestre e o melhor que puderdes. Não passeis por alto as áureas oportunidades presentes, deixando que vossa vida se demonstre um fracasso, enquanto vos sentais preguiçosamente sonhando com comodidade e êxito num trabalho para o qual Deus nunca vos adaptou. Fazei o trabalho que vos está mais próximo. Fazei-o, ainda que esteja entre perigos e aflições no campo missionário; mas não vos queixeis, eu vos peço, das dificuldades e sacrifícios. Olhai para os valdenses. Vede que planos delinearam para que a luz do evangelho pudesse brilhar em mentes entenebrecidas. Não devemos trabalhar com a esperança de receber nossa recompensa nesta vida, mas com nossos olhos firmemente fitos no prêmio que será dado ao fim da carreira. Agora são precisos homens e mulheres que sejam tão fiéis ao dever como a bússola ao pólo -- homens e mulheres que trabalhem sem ter o caminho aparelhado e removido todo o obstáculo. CEv 69 1 Quando viveis vossa fé -- Tenho descrito o que os colportores devem ser; e possa o Senhor abrir-lhes a mente para compreenderem este assunto em sua extensão e largura, e possam eles reconhecer o dever de representar o caráter de Cristo por meio de sua paciência, ânimo e firme integridade. Lembrem-se eles de que O podem negar por um caráter fraco, relaxado e indeciso. Moços, se levardes estes princípios convosco ao campo da colportagem, sereis respeitados e muitos crerão a verdade que advogais, porque viveis vossa fé -- porque vossa vida diária é como uma esplendente luz colocada sobre um velador, a qual ilumina a todos os que estão na casa. Mesmo vossos inimigos, conquanto façam guerra contra vossas doutrinas, vos respeitarão; e quando tiverdes ganho isto, vossas simples palavras terão poder e levarão a convicção a corações. -- Testimonies for the Church 5:406, 407 (1885). ------------------------Capítulo 10 -- Voz e dicção agradáveis CEv 70 1 O dom da palavra -- De todos os dons que Deus confiou aos homens, nenhum é mais precioso do que o dom da palavra. Santificado pelo Espírito Santo, é um poder para o bem. É com a língua que convencemos e persuadimos; com ela oferecemos orações e louvores a Deus; e com ela transmitimos ricos pensamentos do amor do Redentor. Mediante um reto uso do dom da palavra, o colportor pode semear as preciosas sementes da verdade em muitos corações. -- Testemunhos Selectos 2:552 (1900). CEv 70 2 Dever-se-ia dar mais atenção ao cultivo da voz. Podemos ter conhecimentos, mas a menos que saibamos como usar a voz corretamente, nossa obra será um fracasso. Se não soubermos revestir nossas idéias com a linguagem apropriada, de que valerá nossa educação? O saber de pouco proveito nos será, a menos que cultivemos o talento da palavra; ele será, entretanto, maravilhoso poder, quando unido à capacidade de proferir palavras sábias e edificantes, e proferi-las de maneira a cativar a atenção. -- Obreiros Evangélicos, 86 (1900). CEv 70 3 Jovens, de ambos os sexos: Pôs Deus em vosso coração o desejo de servi-Lo? Então, por todos os meios, cultivai a voz o máximo que vos seja possível, de maneira que possais tornar clara a preciosa verdade para os outros. -- Idem, 89 (1900). CEv 71 1 Falar clara e distintamente -- Quando falardes, fazei com que cada palavra seja pronunciada em cheio, com clareza, cada sentença distinta, de princípio a fim. Muitos há que, ao se aproximarem do fim da sentença, abaixam o tom da voz, falando tão indistintamente, que a força do pensamento fica anulada. As palavras que valem de algum modo a pena ser proferidas, merecem ser ditas em voz clara e distinta, com acento e expressão. Nunca, no entanto, procureis palavras que dêem a impressão de serdes eruditos. Quanto maior for vossa simplicidade, mais bem compreendidas serão vossas palavras. -- Idem, 88, 89 (1900). CEv 71 2 Uma qualificação indispensável -- O colportor que pode falar clara e distintamente acerca dos méritos do livro que vende, achará que isto lhe é grande auxílio em obter a encomenda. Ele pode ter oportunidade de ler um capítulo; e pela música de sua voz e a ênfase posta nas palavras, pode fazer com que a cena apresentada fique diante do espírito do ouvinte tão claramente como se em realidade pudesse ser vista. CEv 71 3 A habilidade de falar clara e distintamente, em tons cheios e eufônicos, é inapreciável em qualquer ramo de trabalho. Esta habilitação é indispensável naqueles que desejam tornar-se pastores, evangelistas, obreiros bíblicos ou colportores. Os que estão planejando entrar nestes ramos, devem ser ensinados a usar a voz de tal modo que, quando falam ao povo acerca da verdade, esta cause uma decidida impressão para o bem. A verdade não deve sofrer detrimento por ser comunicada mediante pronúncia defeituosa. -- Manual for Canvassers, 29, 30 (1902). CEv 72 1 Falar-lhes com simplicidade -- Homens e mulheres estão vagueando nas trevas do erro. Desejam saber qual é a verdade. Falai-lhes, não em linguagem enfatuada, mas na simplicidade dos filhos de Deus. -- Manual for Canvassers, 51 (1902). CEv 72 2 Palavras bem escolhidas -- Nem por estardes entre incrédulos, vos torneis descuidados em vossas palavras; porque eles estão vos avaliando. Estudai a instrução dada a Nadabe e Abiú, os filhos de Arão. Eles "trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara". Tomando fogo comum, colocaram sobre seus incensários. "Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor. E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim, e serei glorificado diante de todo o povo." Levítico 10:1-3. Os colportores devem lembrar-se de que estão trabalhando com o Senhor para salvar almas e de que não devem trazer a Seu sagrado serviço nada de comum ou baixo. Que a mente esteja repleta de pensamentos puros e santos e que as palavras sejam bem escolhidas. Não impeçais o êxito de vosso trabalho, pronunciando palavras levianas e descuidadas. -- Manual for Canvassers, 30 (1902). CEv 72 3 Palavras cativantes; porte cortês, gentil -- Os que trabalham para Cristo devem ser retos e fidedignos, firmes como uma rocha aos princípios, e ao mesmo tempo, bondosos e corteses. A cortesia é uma das graças do Espírito. Lidar com o espírito humano é a maior obra já confiada ao homem; e quem deseja encontrar acesso aos corações precisa ouvir a recomendação: "Sede... misericordiosos e afáveis." 1 Pedro 3:8. O amor fará aquilo que o argumento deixar de realizar. Mas a petulância de um momento, uma só resposta áspera, uma falta de polidez cristã em qualquer pequenina questão, pode dar em resultado a perda de amigos, bem como de influência. CEv 73 1 O que Cristo era na Terra, o obreiro cristão se deve esforçar por ser. Ele é nosso exemplo, não somente em Sua imaculada pureza, como na paciência, amenidade e disposição cativante. Sua vida é uma ilustração da verdadeira cortesia. Ele tinha sempre um olhar bondoso e uma palavra de conforto para o necessitado e o oprimido. Sua presença levava aos lares uma atmosfera mais pura. Sua vida era qual fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado, andava Ele entre os inconsiderados, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. ... CEv 73 2 A religião de Cristo abranda quanto há de duro e rude num temperamento, e suaviza tudo que é áspero e escabroso nas maneiras. Torna as palavras brandas, e atraente a conduta. Aprendamos de Cristo a maneira de harmonizar o alto sentimento de pureza e integridade com uma disposição feliz. Um cristão bondoso, cortês, é o mais poderoso argumento que se pode apresentar em favor do cristianismo. CEv 73 3 As palavras bondosas são como o orvalho e brandos chuveiros para alma. Diz a Escritura a respeito de Cristo, que nos Seus lábios se derramou a graça, para que soubesse "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado". Isaías 50:4. E o Senhor nos pede: "A vossa palavra seja sempre agradável", "para que dê graça aos que a ouvem." Colossences 4:6; Efésios 4:29. CEv 74 1 Alguns daqueles com quem entrais em contato, podem ser rudes e descorteses; mas nem por isso, mostreis de vossa parte menos cortesia. Aquele que deseja manter o respeito próprio, deve ter cautela de não ferir desnecessariamente o dos outros. Essa regra deve ser sagradamente observada para com o mais néscio, o mais imprudente. -- Obreiros Evangélicos, 121, 122 (1915). CEv 74 2 A voz do Salvador -- A voz do Salvador era qual música aos ouvidos dos que se achavam habituados à pregação monótona e sem vida dos escribas e fariseus. Ele falava devagar e de modo impressivo, acentuando as palavras a que desejava que os ouvintes dessem especial atenção. ... De grande valor é o poder da linguagem, e a voz deve ser cultivada para benefício daqueles com quem nos pomos em contato. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 240 (1913). CEv 74 3 Suas palavras atraíam os corações -- Devemos falar de Cristo aos que O não conhecem. Devemos fazer o que Cristo fez. Onde quer que estivesse, na sinagoga, ao pé do caminho, no barco um tanto arredado da margem, no banquete do fariseu ou à mesa do publicano, falava aos homens das coisas pertinentes à vida mais elevada. As coisas da Natureza, os acontecimentos da vida diária eram por Ele relacionados com as palavras da verdade. O coração dos ouvintes era atraído para Ele; porque lhes curara as enfermidades, confortara os aflitos, e tomara nos braços seus filhinhos e os abençoara. Quando abria os lábios para falar, a atenção deles se voltava para Ele, e toda palavra era para alguma alma um cheiro de vida para vida. CEv 75 1 Assim deve ser conosco. Onde quer que estejamos, devemos vigiar as oportunidades de falar do Salvador a outros. Se seguirmos o exemplo de Cristo em fazer o bem, os corações nos estarão abertos, como estiveram para Ele. Não abruptamente, mas com o tato oriundo do amor divino poderemos falar-lhes dAquele que "traz a bandeira entre dez mil", e é "totalmente desejável". Esta é a mais elevada obra em que podemos empregar o talento da linguagem. Foi-nos dado para que pudéssemos apresentar a Cristo como Salvador que perdoa os pecados. -- Parábolas de Jesus, 338, 339 (1900). ------------------------Capítulo 11 -- Diligência no serviço CEv 76 1 Energia e boa vontade -- O sucesso não depende tanto de talento, quanto de energia e boa vontade. Não é a posse de esplêndidos talentos que nos capacita a prestar serviço aceitável; mas a conscienciosa realização dos deveres diários, o espírito contente, o interesse sincero e sem afetação no bem-estar de outros. Na mais humilde sorte pode ser encontrada verdadeira excelência. As tarefas mais comuns, executadas com amorável fidelidade, são belas à vista de Deus. -- Profetas e Reis, 219 (1916). CEv 76 2 Não há lugar para indolência -- Ninguém pense que tem o direito de cruzar os braços e não fazer nada. Que alguém possa ser salvo estando na indolência e inatividade, é uma completa impossibilidade. Pensai no que Cristo fez durante Seu ministério terrestre. Quão fervorosos, quão incansáveis foram Seus esforços! Não permitia que coisa alguma O desviasse do trabalho que Lhe fora dado. Estamos nós seguindo Suas pisadas? Ele abandonou tudo, para executar o plano de misericórdia de Deus pela raça caída. No cumprimento do propósito do Céu, Ele foi obediente até à morte, e morte de cruz. Não tivera comunhão com o pecado, dele não conhecera nada; mas veio a este mundo e tomou sobre Sua inocente alma a culpa do homem pecaminoso, para que os pecadores pudessem estar justificados diante de Deus. Ele lutou com a tentação, vencendo-a em nosso favor. O Filho de Deus, puro e imaculado, levou a penalidade da transgressão e recebeu o golpe da morte que trouxe livramento ao gênero humano. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. CEv 77 1 Inteireza de coração no trabalho -- Os servos de Deus não devem ser "vagarosos no cuidado", mas "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Indiferença e ineficiência não são piedade. Quando sentirmos que estamos trabalhando para Deus, teremos um mais elevado senso do que nunca, da santidade do serviço espiritual. Este sentimento porá vida, vigilância e perseverante energia no desempenho de cada dever. A religião pura, a imaculada religião, é intensamente prática. Nada mais que labor fervente, de todo o coração prevalecerá na salvação de almas. Devemos tornar nossos deveres diários atos de devoção, crescendo constantemente em utilidade, porque vemos nossa obra do ponto de vista eterno. -- Carta 43, 1902. CEv 77 2 Regularidade e presteza -- Deus não emprega homens preguiçosos em Sua causa; Ele quer obreiros atenciosos, bondosos, afetivos e diligentes. ... As pessoas que não adquiriram hábitos de estrita operosidade e economia de tempo, devem ter regras estabelecidas para as estimular à regularidade e à presteza. -- Obreiros Evangélicos, 277 (1880). CEv 77 3 Levantar-se cedo e trabalhar com afinco -- A obra do colportor é enobrecedora e se demonstrará um sucesso se ele for fiel, fervoroso e paciente, continuando firmemente o trabalho que empreendeu. Seu coração precisa estar na obra. Deve levantar-se cedo e trabalhar diligentemente, pondo em uso apropriado as faculdades que Deus lhe deu. Encontrar-se-ão dificuldades. Se elas forem encaradas com incessante perseverança serão vencidas. O obreiro pode continuamente estar formando um caráter simétrico. Grandes caracteres são formados por pequenos atos e esforços. -- Manual for Canvassers, 21, 22 (1902). CEv 78 1 Fidelidade ao dever -- Os que entraram no campo da colportagem estão em perigo de não sentirem necessidade de ser exigentes em seu trabalho. Estão no perigo de se contentarem com conquistas superficiais, de serem descuidados nas maneiras e mentalmente preguiçosos. Deve haver fiel desempenho do dever no campo da colportagem, pois ela é importante e sagrada. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. CEv 78 2 Exatidão e diligência -- Lembrai-vos de que em qualquer posição em que servirdes estais revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o com exatidão, com diligência; vencei a inclinação de procurar uma ocupação fácil. -- A Ciência do Bom Viver, 499. CEv 78 3 Quando trabalhamos diligentemente para a salvação de nossos semelhantes, Deus dará êxito aos nossos esforços. -- Testemunhos Selectos 3:324 (1909). CEv 78 4 Quando o colportor entra em seu trabalho, não deve permitir-se ser distraído, mas deve inteligentemente conservar seu alvo com toda a diligência. E todavia, enquanto está colportando, não deve descuidar as oportunidades de auxiliar as almas que estão buscando luz e que precisam do consolo das Escrituras. Se o colportor anda com Deus, se ora pedindo sabedoria celestial para que possa fazer o bem e unicamente o bem em seu trabalho, será pronto em discernir suas oportunidades e as necessidades das almas com quem chega em contato. Fará o máximo de cada oportunidade para atrair almas a Cristo. No espírito de Cristo, ele estará pronto a falar uma palavra ao que está cansado. -- Idem, 2:554 (1900). CEv 79 1 Relatar experiências animadoras -- Que aqueles que obtêm tal experiência trabalhando para o Senhor, escrevam um relato dela para nossas revistas, a fim de que outros possam ser animados. Que o colportor fale do gozo e bênção que recebeu em seu ministério como evangelista. Estes relatórios devem ter lugar em nossas revistas porque são de vasto alcance em sua influência. Serão como uma doce fragrância na igreja, um cheiro de vida para vida. Assim é visto que Deus trabalha com aqueles que cooperam com Ele. -- Idem, 2:551 (1900). ------------------------Capítulo 12 -- Homem de oração CEv 80 1 Orar por uma experiência mais profunda -- Aos nossos colportores, a todos aqueles a quem Deus confiou talentos para cooperar com Ele, direi: Orai, oh! orai por uma experiência mais profunda! Saí com o coração suavizado e subjugado pelo estudo das preciosas verdades que Deus nos deu para este tempo. Bebei a largos sorvos da água da salvação, para que se torne em vosso coração uma fonte viva, dimanando para refrigerar as almas prestes a perecer. Então Deus vos dará sabedoria que vos habilite a comunicá-la devidamente. Far-vos-á condutos para comunicar Suas bênçãos. Ele vos auxiliará a revelar Seus atributos, transmitindo aos outros a sabedoria e o conhecimento que vos transmitiu a vós. CEv 80 2 Oro ao Senhor para que possais compreender este assunto em sua extensão, largura e profundidade e para que sintais vossa responsabilidade de representar o caráter de Cristo pela paciência, ânimo e firme integridade. "A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus." Filipenses 4:7 (TB). -- Testemunhos Selectos 2:539 (1900). CEv 80 3 Orar humilde e fervorosamente -- A humilde e fervente oração faz mais em favor da circulação de nossos livros do que todos os custosos embelezamentos que há no mundo. Se os obreiros voltarem sua atenção para o que é verdadeiro, vivo e real; se orarem pelo Espírito Santo, crerem nEle e nEle confiarem, Seu poder será derramado sobre eles em fortes e celestiais correntes, e retas e duradouras impressões serão feitas sobre o coração humano. Portanto orai e trabalhai, e trabalhai e orai, e o Senhor operará convosco. -- Idem, 2:538 (1900). CEv 81 1 Satanás anda em vosso rasto. Ele é um artificioso oponente, e o maligno espírito que encontrais em vosso trabalho é inspirado por ele. Aqueles a quem ele domina ecoam suas palavras. Se o véu pudesse ser rasgado de seus olhos, esses assim dominados veriam Satanás empregando todas as suas astúcias para ganhá-los da verdade. Em salvar almas de seus enganos, muito mais será executado por oração humilde semelhante à de Cristo, do que por muitas palavras sem oração. CEv 81 2 Orar constantemente -- Os obreiros devem conservar a alma constantemente elevada a Deus em oração. Eles nunca estão sozinhos. Se têm fé em Deus, se reconhecem que a eles está confiada a obra de dar ao povo a luz sobre assuntos bíblicos, constantemente gozam da companhia de Cristo. -- Manual for Canvassers, 51, 52 (1902). CEv 81 3 Poder na oração importuna -- Jacó prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. Sua experiência testifica do poder da oração importuna. É agora que devemos aprender esta lição de oração que prevalece, de uma fé que não cede. As maiores vitórias da igreja de Cristo, ou do cristão em particular não são as que são ganhas pelo talento ou educação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias ganhas na sala de audiência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia lança mão do braço forte do Todo-poderoso. CEv 82 1 Aqueles que não estiverem dispostos a abandonar todo o pecado e buscar fervorosamente a bênção de Deus, não a obterão. Mas todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como fez Jacó, e forem tão fervorosos e perseverantes como ele o foi, serão bem-sucedidos como ele. -- Patriarcas e Profetas, 203 (1890). CEv 82 2 Cada dificuldade um motivo para oração -- A vereda da sinceridade e integridade não é isenta de obstáculos, mas em cada dificuldade devemos ver um chamado à oração. -- O Desejado de Todas as Nações, 667 (1898). CEv 82 3 Oração e estudo da Bíblia essenciais -- Satanás bem sabe que todos quantos ele puder levar a negligenciar a oração e o exame das Escrituras, serão vencidos por seus ataques. Portanto, inventa todo artifício possível para ocupar a mente. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 519 (1888). CEv 82 4 Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. -- Testimonies for the Church 5:112 (1882). CEv 82 5 Orar com o povo -- Há muitos que, por causa do preconceito, jamais conhecerão a verdade a não ser que lhes seja levada a seu lar. O colportor pode achar estas almas e ajudá-las. Existe, no trabalho de casa em casa, um ramo de serviço que ele pode desempenhar com mais êxito do que outros. Pode familiarizar-se com o povo e compreender suas verdadeiras necessidades; pode orar com eles e apontar-lhes o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Assim o caminho será aberto para que a especial mensagem para este tempo tenha acesso a seu coração. -- Testemunhos Selectos 2:533 (1900). CEv 83 1 Por oração e cântico -- O trabalho do colportor-evangelista, cujo coração está imbuído do Espírito Santo está repleto de possibilidades para o bem. A apresentação da verdade, com amor e simplicidade, de casa em casa, está em harmonia com a instrução que Cristo deu a Seus discípulos quando os enviou em sua primeira viagem missionária. Mediante hinos de louvor, orações humildes e fervorosas, muitos serão alcançados. O divino Obreiro estará presente para comunicar convicção aos corações. "Estou convosco todos os dias", é Sua promessa. Com a garantia da constante presença de tal ajudador, podemos trabalhar com fé, esperança, e bom ânimo. -- Testimonies for the Church 9:34 (1909). ------------------------Capítulo 13 -- Pontos de venda CEv 84 1 Introduzindo nossos livros -- Outros publicadores têm sistemas regulares de introduzir no mercado livros de nenhum interesse vital. "Os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz." Áureas oportunidades ocorrem quase que diariamente onde os silenciosos mensageiros da verdade poderiam ser introduzidos entre famílias e indivíduos; mas nenhum proveito é tirado destas oportunidades pelos indolentes e irrefletidos. Os pregadores vivos são poucos. Há só um onde deveria haver uma centena. Muitos estão cometendo um grande erro em não pôr seus talentos em uso, procurando salvar a alma de seus semelhantes. CEv 84 2 Centenas de homens deveriam estar empenhados em levar a luz a todas as nossas cidades, vilas e povoados. O espírito do povo precisa ser agitado. Deus diz: Seja a luz levada a todas as partes do campo. Ele deseja que os homens sejam condutos de luz, levando-a aos que estão em trevas. -- Testimonies for the Church 4:389 (1880). CEv 84 3 Campanhas de colportagem devem ser organizadas para a venda de nossa literatura a fim de que o mundo possa ser iluminado em relação ao que está justamente perante nós. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. CEv 85 1 A circulação aumenta a procura -- Nossas casas publicadoras devem mostrar notável prosperidade. Nosso povo pode sustentá-las se mostrar um decidido interesse em colocar nossas publicações no mercado. ... Quanto maior a circulação de nossas publicações, tanto maior será a procura de livros que esclarecem as Escrituras da verdade. Muitos estão descontentes com as incoerências, os erros e apostasia das igrejas e com as festas, as quermesses, as rifas e numerosas invenções para extorquir dinheiro para fins da igreja. Há muitos que estão buscando luz nas trevas. Se revistas, folhetos e livros, exprimindo a verdade em clara linguagem bíblica, fossem amplamente circulados, muitos haveriam de reconhecer que esses são exatamente o que desejam. Mas muitos de nossos irmãos agem como se o povo devesse vir a eles ou pedir publicações de nossas casas, quando milhares não sabem que estas existem. CEv 85 2 Exaltar o valor dos livros -- Deus requer que Seu povo trabalhe como homens vivos, e não indolentes, preguiçosos e indiferentes. Precisamos levar as publicações ao povo e insistir para que as aceitem, mostrando-lhes que receberão muito mais do que vale seu dinheiro. Exaltai o valor dos livros que ofereceis. Isto nunca será demais. -- Testimonies for the Church 4:392 (1880). CEv 85 3 Preço de nossas publicações -- Algumas coisas de séria importância não têm recebido a devida atenção em nossas casas editoras. Homens que estão em posições de responsabilidade deveriam ter executado planos pelos quais fazer circular nossos livros, em vez de ficarem nas prateleiras, como peso morto depois de sair do prelo. Nosso povo está atrasado e não está seguindo a providência de Deus, que lhe abre o caminho. CEv 86 1 Muitas de nossas publicações têm sido lançadas no mercado por preço tão baixo, que os lucros não são suficientes para manter a casa e conservar um bom fundo para uso contínuo. E aqueles dentre nosso povo que não têm especial preocupação pelos vários ramos da obra... não se tornam informados com respeito às necessidades da causa e o capital requerido para conservar em movimento o negócio. Não compreendem a possibilidade de perdas e as despesas que diariamente ocorrem a tais instituições. Parece pensarem que tudo prossiga sem muito cuidado ou dispêndio de meios, e por isso insistirão na necessidade de preços mais baixos para nossas publicações, não deixando assim quase nenhuma margem de lucro. CEv 86 2 E depois de terem os preços sido reduzidos aos mais danosos algarismos, manifestam simplesmente um débil interesse no aumento das vendas dos próprios livros para os quais pediram tão baixos preços. Alcançado o objetivo, cessa sua preocupação, quando deviam ter um ardente interesse e um verdadeiro cuidado para impulsionar a venda de nossas publicações, assim semeando as sementes da verdade e trazendo meios às casas [editoras] para serem empregados em outras publicações. CEv 86 3 Tem havido muito grande negligência do dever da parte de pastores em não interessarem as igrejas nas localidades em que trabalham, a respeito deste assunto. Uma vez reduzidos os preços dos livros, é questão bem difícil levá-los de novo a uma base compensadora, visto como homens de visão estreita haverão de clamar: Especulação! não discernindo que nenhum homem é beneficiado e que os instrumentos de Deus não devem ser impedidos por falta de capital. Livros que deviam circular largamente, jazem inúteis em nossas casas editoras porque não é manifestado suficiente interesse para fazê-los circular. CEv 87 1 A imprensa é um poder; mas se seus produtos deixam de sair por falta de homens que executem os planos para os fazer circular amplamente, seu poder é perdido. Conquanto tenha havido uma pronta previsão para discernir a necessidade de despender meios em recursos para multiplicar livros e folhetos, têm sido negligenciados planos para recuperar os meios empregados, a fim de produzir outras publicações. O poder da imprensa, com todas as suas vantagens, está em suas mãos; e podem usá-lo para o melhor de todos os fins, ou podem estar sonolentos e, por meio da inação, perder as vantagens que poderiam ganhar. Mediante judiciosos cálculos, podem fazer a luz estender-se na venda de livros e brochuras. Podem mandá-los a milhares de famílias que ora se acham nas trevas do erro. -- Idem, 4:388, 389 (1880). CEv 87 2 A inconveniência de oferecer prêmios -- Os que têm genuína humildade e cuja mente foi expandida pelas verdades reveladas no evangelho, terão uma influência que será sentida. Farão impressão sobre mentes e corações, serão respeitados pela maioria, mesmo dos que não têm simpatia por sua fé. Com as verdades da Bíblia e nossas valiosas revistas eles terão êxito; porque o Senhor abrirá o caminho diante deles. Mas insistir com o povo, por meio de dádivas e prêmios, para que fiquem com nossas revistas, não tem uma influência permanente para o bem. Se nossos obreiros saíssem, confiando nas verdades da Bíblia, com amor a Cristo e às almas no coração, poderiam executar mais em conseguir assinantes permanentes do que dependendo de prêmios ou preços baixos. A preeminência dada a estes incentivos para adquirir a revista, dá a impressão de que ela não possui em si mesma mérito verdadeiro. Os resultados seriam melhores se a revista fosse exaltada, reservando-se o dinheiro gasto em prêmios, para distribuir gratuitamente alguns exemplares. Quando se oferecem prêmios, alguns, que de outro modo não o fariam, poderão ser levados a comprar a revista; mas outros recusarão assiná-la por julgarem isso uma especulação. Se o colportor apresentasse os méritos da própria revista, com o coração elevado a Deus em busca de êxito, e dependesse menos de prêmios, mais seria executado. -- Idem, 5:401 (1885). CEv 88 1 Devem ser conseguidos para os livros O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas, O Desejado de Todas as Nações, Daniel e Apocalipse e outros de igual caráter, colportores que tenham o senso do valor dos assuntos contidos nesses livros e noção da obra a ser feita para interessar pessoas na verdade. Auxílio especial, que sobrepuja a toda suposta vantagem de ilustrações, será concedido a tais colportores. Os colportores que nasceram de novo pela obra do Espírito Santo, serão acompanhados pelos anjos, os quais irão adiante deles às residências do povo, preparando-lhes o caminho. -- Manuscrito 131, 1899. CEv 88 2 A cortesia e a bondade abrem portas -- Um dos mais simples, e contudo mais eficientes métodos de trabalhar é o do colportor-evangelista. Mediante conduta cortês e bondosa, tal obreiro pode abrir as portas de muitos lares. Quando é hospedado por estranhos, deve o colportor mostrar-se compenetrado e prestativo. Jamais deve tornar-se um fardo, esperando ser servido pelos que têm o cuidado da casa. Se houver enfermidade no lar onde se hospeda, faça tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar. Às vezes encontrará pessoas que dirão não terem tempo para dar ouvidos à oferta ou a um estudo bíblico. Não raro pode ele alcançar-lhe a atenção, ajudando-os em seu trabalho. -- Manuscrito 26, 1905. CEv 89 1 Ganhar a confiança pela prestatividade -- Quando hospedados nos lares do povo, participai dos afazeres da família. ... Ajudai o cansado pai a fazer os servicinhos de todos os dias. Interessai-vos pelas crianças. Sede atenciosos. Trabalhai com humildade, e o Senhor trabalhará convosco. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. CEv 89 2 Em todo lugar que visitardes, encontrareis enfermos e sofredores. Aliviai-os, se possível, mesmo que tenhais que vos deter por mais tempo por assim proceder. ... Usar de meios simples no tratamento de enfermos é uma lição objetiva. Se as circunstâncias o permitirem, orai pela pessoa enferma. Deus pode levantá-la, e isto será um testemunho para a verdade. Falai às famílias que visitais, o que precisam fazer para manterem-se em bom estado. Levai convosco alguns folhetos que tratem da reforma de saúde, e deixai-os com o povo. Assim podeis semear a semente da verdade. -- Manuscrito 18, 1901. CEv 89 3 Tratamentos simples -- Os colportores devem estar habilitados a dar instruções quanto ao tratamento dos doentes. Devem aprender os simples métodos de tratamentos de saúde. Assim podem eles trabalhar como missionários-médicos, auxiliando a alma e o corpo dos sofredores. Esta obra deveria agora estar indo avante em todas as partes do mundo. Assim, multidões seriam abençoadas pelas orações e instruções dos servos de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:543. CEv 90 1 Mostrar o valor da vida saudável -- Devem os colportores não esquecer que lhes importa fazer ferventes esforços para realizar obra médico-missionária. As publicações que tratam da reforma de saúde são agora muito necessárias ao mundo. A intemperança está lutando pelo predomínio. A condescendência com o próprio eu está aumentando. Em sua obra o colportor pode fazer muito para mostrar àqueles a quem visita o valor de uma vida saudável. Em vez de hospedar-se em hotel ele devia, se possível, arranjar hospedagem com uma família particular. Ao assentar-se à mesa com a família, pratique ele as instruções contidas nas obras de saúde que está vendendo. Se tiver oportunidade, fale do valor da reforma de saúde. Se é cortês nas palavras e nas atitudes, verificará que suas palavras deixam uma impressão para o bem. -- Manuscrito 113, 1901. CEv 90 2 Chamar a atenção para a literatura de saúde -- Dizei ao povo que estais vendendo livros que fornecem instrução muito valiosa sobre enfermidades, como evitar doenças, e que um estudo dessas instruções salva muitos sofredores e poupa muito dinheiro gasto com receitas médicas. Dizei-lhes que há nesses livros conselhos que eles não podem obter do médico nas breves visitas que ele faz. -- Ibidem. CEv 90 3 "Calçados os pés na preparação do evangelho da paz", estareis preparados para ir de casa em casa, levando a verdade ao povo. Algumas vezes verificareis ser muito probante fazer obra desta natureza; mas se fordes em fé, o Senhor irá adiante de vós, e Sua luz iluminará vosso caminho. Ao entrardes nos lares de vossos vizinhos para lhes vender ou dar nossa literatura, e em humildade lhes ensinardes a verdade, sereis acompanhados pela luz do Céu. Aprendei a cantar os hinos mais simples. Eles vos ajudarão no vosso trabalho de casa em casa, e os corações serão tocados pela influência do Espírito Santo. ... Podemos desfrutar a companhia dos anjos celestiais. Podemos não discernir suas formas, mas pela fé podemos estar certos de que eles estão conosco. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. CEv 91 1 O real propósito -- Muitos de nossos colportores se têm afastado dos retos princípios. Pelo desejo de colher vantagens mundanas, sua mente tem-se desviado do verdadeiro propósito e espírito da obra. Que ninguém pense que a ostentação cause boa impressão sobre o povo. Ela não assegurará os melhores nem os mais permanentes resultados. Nossa obra destina-se a dirigir a mente às solenes verdades para este tempo. É somente quando nosso próprio coração está embebido no espírito das verdades contidas no livro que estamos vendendo e quando, em humildade, chamamos a atenção do povo para essas verdades, que o verdadeiro êxito acompanhará nossos esforços; porque é só então que o Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo, estará presente para influir no coração. -- Testemunhos Selectos 2:537, 538 (1900). ------------------------Capítulo 14 -- O colportor-evangelista e suas finanças CEv 92 1 Pronto pagamento dos livros -- A obra está coxeando porque os princípios do evangelho não são obedecidos por aqueles que professam estar seguindo a Cristo. A maneira negligente em que alguns colportores, tanto velhos como moços, têm executado seu trabalho, mostra que têm importantes lições a aprender. Muito trabalho feito a esmo tem sido apresentado diante de mim. Alguns se educaram em hábitos deficientes, e trouxeram esta deficiência à obra de Deus. As sociedades de publicações têm sido grandemente envolvidas em dívidas por não saldarem os colportores seu débito. Colportores têm-se sentido maltratados quando se lhes pediu que pagassem prontamente os livros recebidos das casas publicadoras. Contudo, exigir pronto saldamento é o único modo de efetuar negócio. CEv 92 2 Absoluta honestidade -- As coisas devem estar arranjadas de modo que os colportores tenham o suficiente para viver sem sacar além do que lhes é devido. Esta porta de tentação precisa ser fechada e trancada. Por honesto que seja o colportor, circunstâncias se levantarão em seu trabalho que lhe serão uma dolorosa tentação. CEv 92 3 A preguiça e a indolência não são frutos nascidos numa árvore cristã. Nenhuma alma pode praticar a prevaricação ou a desonestidade em lidar com os bens do Senhor e ficar inculpável diante de Deus. Todos os que isto fazem, estão negando a Cristo pela ação. Enquanto professam guardar e ensinar a lei de Deus, deixam de manter seus princípios. CEv 93 1 Nenhum gasto supérfluo -- Os bens do Senhor devem ser manejados com fidelidade. O Senhor tem confiado aos homens vida, saúde e as faculdades do raciocínio. Tem-lhes dado força física e mental para ser exercida; e não deveriam estes dons ser fiel e diligentemente empregados para a glória de Seu nome? Têm nossos irmãos considerado que precisam prestar contas de todos os talentos colocados em sua posse? Têm eles negociado sabiamente com os bens de seu Senhor, ou estão gastando negligentemente Sua fazenda e sendo inscritos no Céu como servos infiéis? Muitos estão gastando o dinheiro de seu Senhor em assim chamados prazeres dissolutos; não estão ganhando uma experiência em abnegação, mas gastando o dinheiro em vaidades e deixando de levar a cruz após Jesus. Muitos que são privilegiados com preciosas oportunidades, dadas por Deus, têm desperdiçado a vida e agora se acham em sofrimento e necessidade. CEv 93 2 Deus requer que seja feita decidida melhora nos vários ramos da obra. O negócio feito em conexão com a causa de Deus necessita ser caracterizado pela maior precisão e exatidão. Não tem havido firme, decidido esforço para efetuar uma reforma essencial. -- Testemunhos Selectos 2:552-554 (1900). CEv 93 3 Não incorrer em débito -- Todos precisam praticar a economia. Nenhum obreiro deve manejar seus negócios de modo a incorrer em dívida. A prática de sacar dinheiro do tesouro antes de o ganhar, é um laço. Assim os recursos são limitados, de modo que os obreiros não podem ser mantidos na obra missionária. Quando alguém, voluntariamente, se envolve em dívidas, está-se embaraçando numa das redes de Satanás que ele arma para as almas. -- Manual for Canvassers, 86 (1902). CEv 94 1 Colportores que esperam ser ajudados -- Quando se acham em dificuldades, alguns colportores esperam que seja sacado dinheiro do tesouro para os ajudar, só para caírem de novo em situações apertadas e novamente pedirem auxílio. Os que são mordomos dos meios no tesouro precisam ter muito cuidado para ver que o suprimento não se esgote com essas retiradas. Quando homens não podem, colportando, trazer ao tesouro todo dinheiro que a ele pertence por direito, parem eles justamente onde estão. Não devem empenhar-se na colportagem, a não ser que possam trazer meios ao tesouro, em vez de o roubar. -- Manual for Canvassers, 86 (1902). CEv 94 2 Veracidade, honestidade e fidelidade -- A obra da colportagem não deve ser conduzida de maneira desleixada, frouxa. Os que se empenham em obra que requer manejo de dinheiro devem conservar estrita conta de cada centavo recebido e pago. A educação assim obtida em exatidão prepará-los-á para maior utilidade. CEv 94 3 Se o colportor continua a solicitar livros, e não envia relatório de seu trabalho, nada declarando sobre a entrega dos livros e sobre o recebimento e o gasto de dinheiro que ele manuseia, os que têm a responsabilidade da obra devem, de maneira bondosa e amiga, procurar averiguar a verdadeira situação. Fornecer livros à vontade a um agente, até que ele esteja irremediavelmente envolvido em dívidas é fazer injustiça tanto ao colportor como aos que o empregam. Tão frouxa e descuidada maneira de agir produz desalento. CEv 95 1 O obreiro que sente não ser capaz de alcançar sucesso na obra da colportagem deve ir a quem de direito e declarar que não pode continuar nesse setor de trabalho. CEv 95 2 Todo colportor deve ser verdadeiro, honesto, fiel. Quantas almas poderiam ser salvas da tentação, e quanta tristeza evitada se todos os nossos obreiros fossem preparados para ser tão fiéis ao princípio como aço. -- Manuscrito 20, 1904. CEv 95 3 Resultado de descuidados hábitos financeiros -- Alguns colportores têm conduzido seus negócios de modo tão descuidado e frouxo que estão constantemente desequilibrando os fundos necessários para a prossecução da obra. Têm vendido livros dando a impressão de que trabalhavam para a causa; mas em vez de proverem meios tão necessários para o avançamento da obra, têm tirado muito dinheiro do tesouro. Os recursos que vieram a suas mãos, que não lhes pertenciam, deles se apropriaram para suas próprias expensas, para as despesas com suas famílias, ou para favorecer relações familiares. CEv 95 4 Pelo apropriar-se para seu próprio uso daquilo que pertence à causa de Deus, os colportores se envolvem em dificuldades, separam sua alma de Deus e criam um sentimento de incerteza, certa falta de confiança nos que estão trabalhando com eles no campo. Ao mesmo tempo fazem injustiça a seus coobreiros. Homens que estão fazendo o melhor que podem ficam expostos a serem olhados com suspeita, e assim são sujeitados a sofrimento por causa da conduta de pessoas indignas. CEv 96 1 O resultado é ficar a causa de Deus envolvida em perplexidade e levada a entraves, e pesado fardo é posto sobre os que são indicados para levar pesadas responsabilidades. Se esta maneira frouxa de fazer negócios for permitida continuar, ela não somente esgotará os recursos do tesouro, mas estancará os suprimentos que fluem do povo, pois destruirá sua confiança nos que estão à frente da obra, os quais têm o manejo dos fundos, e levará muitos a cessar suas dádivas e ofertas. CEv 96 2 A conduta desses obreiros descuidados tem posto sobre homens que estão em posição de liderança um fardo que os fere no coração. Estão perplexos, sem saber como hão de guardar a causa de Deus de toda espécie de roubo, e ainda salvar as almas desses que possuem idéias tão pervertidas quanto ao que seja verdadeira honestidade. CEv 96 3 A prática de tomar dinheiro emprestado para libertar-se de alguma premente necessidade e não tomar medidas para cancelar os débitos, conquanto comum é desmoralizante. O Senhor deseja que todos os que crêem na verdade se convertam dessas práticas enganosas. Devem eles escolher antes sofrer necessidades do que cometer um ato desonesto. ... Se os que compreendem a verdade não mudam no caráter em correspondência com a influência santificadora da verdade, serão um cheiro de morte para morte. Darão uma representação errônea da verdade, trarão vergonha sobre ela e desonrarão a Cristo, que é a verdade. CEv 96 4 A questão a ser considerada é: Por que meios pode a obra ser impulsionada e os colportores livrados de embaraçarem a causa e lançarem um fardo sobre as casas publicadoras pela maneira descuidada e egoísta de fazer negócios? Esta é uma pergunta de importância. -- Manuscrito 168, 1898. CEv 97 1 Negócios à parte do trabalho -- Alguns têm-se colocado a si e suas famílias nas piores circunstâncias por negligência para com a colportagem. Incorreram em débitos e tomaram dinheiro emprestado a pessoas não de nossa fé. CEv 97 2 Alguns têm misturado expedientes, compras e vendas, com a obra de espalhar nossas publicações e advogar a verdade. Isto faz uma má combinação. Ao trabalharem para obter vantagens para si mesmos, são seduzidos pela perspectiva de comprar mercadorias por menos e vender por mais que seu valor. Por isso o mundo a eles se refere como trapaceiros, homens que procuram alcançar vantagens para si mesmos, sem levar em conta a situação de outros. Eles não guardam os mandamentos de Deus; pois não amam a seu próximo como a si mesmos. -- Manual for Canvassers, 81, 82 (1902). CEv 97 3 O ganho financeiro não deve predominar -- Se nossos colportores são dirigidos pelo espírito de lucro financeiro, se fazem circular os livros com os quais podem ganhar o máximo, negligenciando outros de que o povo necessita, eu pergunto: Em que sentido sua obra é missionária? Onde está o espírito missionário, o espírito de sacrifício? O trabalho do colportor inteligente e temente a Deus tem sido representado como igual ao do ministro evangélico. Deve então o colportor sentir-se na liberdade, mais do que o pastor, de agir com motivos egoístas? Deve ele ser infiel aos princípios da obra missionária e vender só os livros que são mais baratos e mais fáceis de serem vendidos, negligenciando pôr diante do povo livros que darão mais luz, porque assim fazendo ganhará mais dinheiro para si mesmo? Como é aqui revelado o espírito missionário? Não cessou a colportagem de ser aquilo que deveria ser? Como é que nenhuma voz se levanta para corrigir este estado de coisas? -- Manual for Canvassers, 62, 63 (1902). CEv 98 1 Mas muitos são atraídos a colportagem para vender livros e quadros que não exprimem nossa fé e não proporcionam luz ao comprador. São induzidos a fazer isto porque as perspectivas financeiras são mais lisonjeiras do que as que lhes são oferecidas sendo pastores licenciados. Estas pessoas não estão obtendo nenhum preparo especial para o ministério evangélico. Não estão adquirindo a experiência que haveria de prepará-los para a obra. Não estão aprendendo a sentir a responsabilidade pelas almas e a obter diariamente um conhecimento da mais bem-sucedida maneira de ganhar o povo para a verdade. Estão perdendo tempo e oportunidades. CEv 98 2 Freqüentemente estes homens se desviam das convicções do Espírito de Deus e recebem um cunho mundano de caráter, esquecendo quanto devem ao Senhor, que por ele deu a vida. Usam suas faculdades em seus próprios interesses egoístas e recusam trabalhar na vinha do Senhor. -- Manual for Canvassers, 55, 56 (1902). CEv 98 3 Não oferecer incentivos especiais -- Muitos dos obreiros no campo da colportagem não estão fazendo nenhum sacrifício. Como uma classe, tem menos do espírito missionário do que os obreiros de qualquer outra denominação. Quando o caminho está todo preparado para eles, quando podem conseguir os maiores lucros, então estão dispostos a entrar no campo. Muitas regalias são apresentadas aos colportores para negociarem com livros populares; grandes lucros lhes são oferecidos; e muitos recusam trabalhar por lucros menores para fazer circular livros que tratam da verdade presente. Por isso se têm aumentado as regalias para que correspondam com as que são oferecidas por outros publicadores, e, como resultado, a despesa para pôr nossas publicações diante do povo é grande; muitos dos colportores obtêm seu dinheiro facilmente e gastam prodigamente. -- Testimonies for the Church 5:403, 404 (1885). CEv 99 1 Economia e abnegação -- Somas bastante grandes podem ser gastas em despesas de hotel, que não são absolutamente necessárias. A causa de Deus estava tão perto do coração dos pioneiros desta mensagem, que raras vezes tomavam uma refeição num hotel, não obstante custasse apenas vinte e cinco centavos cada uma. Mas os moços e as moças em geral não são educados a economizar, e um desperdício segue a outro desperdício em toda parte. Em algumas famílias existe um malévolo desperdício do suficiente para sustentar outra família, se fosse empregada razoável economia. Se, enquanto viajam, nossos jovens fizessem conta exata do dinheiro que gastam, item por item, seus olhos seriam abertos para verem os escoadouros. Conquanto possam não ser obrigados a privar-se das refeições quentes, como se deu com os primeiros obreiros em sua itinerante vida, eles podem aprender a suprir suas verdadeiras necessidades com menos despesa do que agora pensam ser necessário. Há pessoas que praticam a renúncia própria a fim de dar meios à causa de Deus; portanto, que os obreiros na causa também pratiquem a renúncia, limitando suas despesas quanto mais possível. Seria bom que todos os nossos obreiros estudassem a história dos missionários valdenses e imitassem seu exemplo de sacrifício e renúncia. -- Idem, 5:400 (1885). ------------------------Capítulo 15 -- Cooperando com outros obreiros do evangelho CEv 100 1 Combinar a obra de imprensa com a da pregação -- A imprensa é um poderoso instrumento que Deus estabeleceu para ser combinada com as energias do pregador vivo, a fim de levar a verdade perante todas as nações, raças, línguas e povos. -- Life Sketches of Ellen G. White, 217 (1915). CEv 100 2 Missão dos "mensageiros silenciosos" -- Fui instruída de que mesmo onde o povo ouve a mensagem do pregador vivo, o colportor deve continuar sua obra em cooperação com o pastor; porque ainda que o pastor apresente fielmente a mensagem, o povo não é capaz de reter toda ela. Por isto, a página impressa é essencial, não somente em despertá-los para o reconhecimento da importância da verdade para este tempo, mas em enraizá-los e firmá-los na verdade e em estabelecê-los contra erros enganosos. As revistas e os livros são o meio de o Senhor conservar a mensagem para este tempo continuamente perante o povo. As publicações farão muito maior obra iluminando e confirmando almas na verdade, do que a que pode ser cumprida unicamente pelo ministério da palavra. Os silenciosos mensageiros que são colocados nos lares do povo pelo trabalho do colportor, fortalecerão o ministério evangélico em todo sentido; porque o Espírito Santo impressionará a mente ao lerem os livros, do mesmo modo que o faz à mente dos que ouvem a pregação da Palavra. O mesmo ministério de anjos que auxilia a obra do pastor, acompanha os livros que contêm a verdade. -- Testemunhos Selectos 2:534 (1900). CEv 101 1 Cooperar com o ministro do evangelho -- A obra de cooperar com o ministro evangélico em levar a verdade presente a todos as nações, línguas e povos é sem dúvida a mais importante. Deve ela ser conduzida em harmonia com a exaltada verdade que professamos amar. Mediante a obra da colportagem, a mente de muitos que estão agora absorvidos em iniqüidade e erro pode ser iluminada. Mediante esta instrumentalidade um povo pode ser preparado para estar em pé no grande dia de Deus, que está mesmo diante de nós. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. CEv 101 2 Parte da obra médica e ministerial -- A pregação da Palavra é um meio ordenado pelo Senhor, pelo qual Sua mensagem de advertência deve ser dada ao mundo. Nas Escrituras, o fiel mestre é representado como um pastor do rebanho de Deus. Ele deve ser respeitado e sua obra, apreciada. A genuína obra médica está ligada ao ministério, e a colportagem deve participar tanto da obra médico-missionária como do ministério. Aos que estão empenhados nesta obra, digo: Ao visitardes as pessoas, dizei-lhes que sois um obreiro evangélico e que amais ao Senhor. -- Testemunhos Selectos 2:542 (1900). CEv 102 1 O colportor e a obra bíblica -- Tenho recebido cartas, em que me fazem perguntas com respeito aos deveres do colportor. Alguns têm dito que, visitando o povo, têm encontrado oportunidades favoráveis de apresentar a verdade para este tempo e quase têm sido forçados a dar estudos bíblicos. Estas oportunidades eles não poderiam, conscienciosamente, desprezar. Por outro lado, vêm cartas dizendo que nossos colportores estão negligenciando sua obra a fim de dar estudos bíblicos sobre assuntos doutrinários e que os preconceitos suscitados por estes estudos têm dificultado ao colportor entregar seus livros; e alguns pedem conselho com respeito a isto. CEv 102 2 Não se demorar em assuntos doutrinários -- Cremos que há verdade em ambas as afirmações -- que os colportores acham oportunidades favoráveis para levar o povo a uma melhor compreensão da Bíblia e que, por causa da maneira como aproveitam estas oportunidades, se levanta o preconceito e a obra é impedida. Quando o colportor entra em seu trabalho, não deve permitir-se ser distraído, mas inteligentemente conservar-se em seu posto com toda a diligência. E, todavia, conquanto seja fiel em colportar, não deve negligenciar as oportunidades de ajudar os que estão buscando luz e os que precisam do consolo das Escrituras. Se o colportor anda com Deus, se ora pedindo sabedoria celestial para que possa em seu trabalho fazer o bem, e unicamente o bem, será ligeiro em compreender as necessidades daqueles com quem chega em contato. Aproveitará o máximo de suas oportunidades para atrair almas a Cristo, não se demorando em assuntos doutrinários, mas no amor de Deus, Sua misericórdia e bondade no plano da salvação. No espírito de Cristo, ele estará pronto para falar a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. CEv 103 1 A grande necessidade da alma é conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A Bíblia abunda em lições práticas, as quais o colportor pode, sem dano, apresentar. Se ele pode por este meio comunicar um conhecimento de religião prática, estará alimentando o povo, que necessita exatamente tal precioso alimento. -- Manual for Canvassers, 45, 46 (1902). CEv 103 2 Deve ser estudante da Bíblia -- Temos uma importante obra a fazer pelo Mestre -- abrir a Palavra de Deus àqueles que estão nas trevas do erro. Jovens amigos, agi como tendo um sagrado encargo. Deveis ser estudantes da Bíblia, sempre prontos para dar a todo homem que vos peça, a razão da esperança que há em vós. Por meio de vossa verdadeira dignidade cristã, dai evidência de que sabeis que tendes uma verdade que é do interesse do povo ouvir. Se esta verdade estiver engastada na alma, ela se manifestará no semblante e no comportamento, num calmo e nobre domínio próprio e numa paz, que só o cristão pode possuir. -- Testimonies for the Church 5:401 (1885). CEv 103 3 Dar estudos bíblicos -- Ao visitar o colportor as pessoas em seu lar, muitas vezes terá oportunidade de ler-lhes da Bíblia ou dos livros que ensinam a verdade. Quando ele descobre aqueles que estão buscando a verdade, pode realizar estudos bíblicos com eles. Estes estudos bíblicos são justamente o de que o povo necessita. Deus usará em Seu serviço aqueles que assim mostram um profundo interesse nas almas que perecem. Por meio deles, Ele comunicará luz aos que estão prontos para receber instrução. -- Testemunhos Selectos 2:543 (1900). ------------------------Capítulo 16 -- Guiados pelo espírito de Deus CEv 104 1 Sob o controle do Espírito Santo -- A obra da colportagem não deve jamais esmorecer. Os instrumentos postos em operação para realizar esta obra precisam estar sempre sob o controle do Santo Espírito de Deus. -- Carta 82, 1899. CEv 104 2 O homem necessita de um poder fora e acima dele, para restaurá-lo à semelhança com Deus e habilitá-lo a fazer Sua obra; isso, porém, não faz com que o instrumento humano deixe de ser essencial. A humanidade apodera-se do poder divino, Cristo habita no coração pela fé; e, por meio da cooperação com o divino, o poder do homem torna-se eficaz para o bem. -- O Desejado de Todas as Nações, 296, 297 (1898). CEv 104 3 Orar pelo Espírito Santo -- Devemos orar pela descida do Espírito Santo com tanto fervor quanto os discípulos oraram no dia do Pentecostes. Se dEle necessitaram naquele tempo, muito mais necessitamos nós agora. Trevas morais, como uma mortalha cobrem a Terra Toda espécie de falsas doutrinas, heresias e enganos satânicos estão desviando a mente dos homens. Sem o Espírito e o poder de Deus será em vão trabalharmos para apresentar a verdade. -- Testimonies for the Church 5:158 (1882). CEv 105 1 Quando sob provas os jovens mostrarem que sentem genuína responsabilidade pelas almas e intenso desejo de salvar o próximo, eles verão almas convertidas. De seu trabalho será segada uma messe para o Senhor. Saiam eles como verdadeiros missionários para levar avante a obra de disseminar os livros que contêm a verdade presente. Ao saírem, ascendam suas orações a Deus por maior luz e pela guia de Seu Espírito, para que possam saber como dizer uma palavra a seu tempo. Quando virem uma oportunidade para praticar um ato de bondade agarrem-na como se estivessem trabalhando por salário. Lembrem-se eles de que assim procedendo, estão a serviço do Senhor. -- Manuscrito 75, 1900. CEv 105 2 Seu auxílio assegurado -- Deus não requer de nós que façamos em nossa própria força a obra que temos para realizar. Proveu Ele assistência divina para todas as emergências, para as quais nossos recursos humanos são insuficientes. Dá o Espírito Santo para auxiliar em qualquer apuro, para fortalecer-nos a esperança e certeza, para nos iluminar a mente e purificar o coração. -- Testemunhos Selectos 3:209 (1904). CEv 105 3 O humilde e eficiente obreiro que obedientemente responde ao chamado de Deus, pode estar certo de receber auxílio divino. Sentir tão grande e santa responsabilidade é, em si mesmo, coisa que eleva o caráter. Põe em ação as mais elevadas qualidades mentais, e o contínuo exercício das mesmas fortalece e purifica o espírito e o coração. A influência sobre a própria vida, como sobre a vida de outros, é incalculável. -- Idem, 2:555, 556 (1900). CEv 106 1 O Espírito Santo transforma a vida -- Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante reflete a luz do Céu. -- O Desejado de Todas as Nações, 173 (1898). CEv 106 2 O segredo do sucesso -- Josué recebera a promessa de que Deus certamente subverteria aqueles inimigos de Israel; contudo, aplicou tão decididos esforços como se o êxito dependesse unicamente dos exércitos de Israel. Fez tudo que a energia humana poderia fazer, e então pela fé clamou rogando auxílio divino. O segredo do êxito está na união do poder divino com o esforço humano. Aqueles que levam a efeito os maiores resultados são os que mais implicitamente confiam no Braço todo-poderoso. -- Patriarcas e Profetas, 509 (1890). CEv 106 3 Apropriar-se do poder -- Que os colportores-evangelistas se submetam à operação do Espírito Santo. Que eles, mediante perseverante oração, lancem mão do poder que vem de Deus, confiando nEle com fé viva Sua grande e eficaz influência estará com todo verdadeiro e fiel obreiro. CEv 106 4 Como Deus abençoa o pastor e o evangelista em seus fervorosos esforços por colocar a verdade perante o povo, assim abençoará Ele o colportor fiel. -- Testemunhos Selectos 2:555 (1900). CEv 106 5 Que jovens e velhos se consagrem a Deus; empreendam a obra e prossigam avante, trabalhando em humildade, sob o domínio do Espírito Santo. -- Idem, 2:547 (1900). CEv 107 1 Reconhecei cada momento que deveis ter a presença do Espírito Santo; pois Ele pode fazer uma obra que por vós mesmos não podeis fazer. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 310 (1923). CEv 107 2 Tornar-se sua instrumentalidade -- Nossos livros devem ser manejados por obreiros consagrados, os quais o Espírito Santo possa usar como Seus instrumentos. Cristo é nossa suficiência, e devemos apresentar a verdade em humilde simplicidade, deixando-a levar seu próprio cheiro de vida para vida. -- Testemunhos Selectos 2:538 (1900). CEv 107 3 O Espírito Santo dá palavras -- Os corações não podem deixar de ser tocados pela história da expiação. Quando aprenderdes a mansidão e humildade de Cristo, sabereis que dizer ao povo, porque o Espírito Santo vos dirá que palavras falar. Os que reconhecem a necessidade de conservar o coração sob o domínio do Espírito Santo, serão habilitados a semear semente que germine para a vida eterna. Esta é a obra do colportor-evangelista. -- Idem, 2:544 (1900). CEv 107 4 Ele impressiona os corações -- O Senhor Jesus ao lado do colportor, caminhando com ele, é o Obreiro-chefe. Se reconhecermos Cristo como Aquele que está conosco para preparar o caminho, o Espírito Santo ao nosso lado fará as impressões justo no ponto necessário. -- Manual for Canvassers, 52 (1902). CEv 107 5 Ele dá sucesso -- Só podemos iluminar as pessoas mediante o poder de Deus. Os colportores precisam conservar sua própria alma em viva comunhão com Deus. Eles devem trabalhar orando para que Deus abra o caminho e prepare os corações para que recebam a mensagem que Ele lhes envia. Não é a habilidade do agente ou obreiro, mas o Espírito de Deus movendo o coração que dá verdadeiro sucesso. -- Manuscrito 31, 1890. CEv 108 1 Dispor-se a ajudar em tempo de necessidade -- A todos quantos estão buscando sentir a mão guiadora de Deus, o momento do maior desânimo é justamente aquele em que mais perto está o divino auxílio. Olharão para trás com reconhecimento, à parte mais sombria do caminho que percorreram... De toda tentação e de toda prova, tirá-los-á Ele com mais firme fé e mais rica experiência. -- O Desejado de Todas as Nações, 528 (1898). CEv 108 2 "Todo o poder" disponível -- Os que estão nas trevas do erro foram comprados pelo sangue de Cristo. São o fruto de Seus sofrimentos, e por eles se deve trabalhar. Saibam nossos colportores que é para o avançamento do reino de Cristo que estão trabalhando. Ao saírem a seu trabalho apontado por Deus, Ele os ensinará a advertir o mundo do juízo impendente. Acompanhado pelo poder da persuasão, o poder da oração, o poder do amor de Deus, o trabalho do evangelista não será, não poderá ser infrutífero. Meditai no interesse que o Pai e o Filho têm nesta obra. Como o Pai ama ao Filho, assim o Filho ama aos que são Seus -- os que trabalham como Ele trabalhou para salvar as almas a perecer. Ninguém precisa pensar que não tem poder, porque Cristo declara: "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra." Ele prometeu que dará este poder a Seus obreiros. Seu poder tem de tornar-se o poder deles. Eles devem ligar sua alma a Deus. Cristo deseja que todos gozem da riqueza de Sua graça, a qual está além de toda avaliação. É ilimitada, inexaurível. É nossa por eterno concerto se formos cooperadores de Deus. É nossa, se nos unirmos a Ele para Lhe trazermos muitos filhos e filhas. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. CEv 109 1 Consagrai-vos inteiramente à obra de Deus. Ele é vossa força, e estará à vossa mão direita, ajudando-vos a levar avante Seus misericordiosos desígnios. -- Serviço Cristão, 258 (1909). CEv 109 2 Deus aceitará o serviço prestado de todo o coração, e suprirá por Sua parte as deficiências. -- A Ciência do Bom Viver, 150 (1905). CEv 109 3 Possíveis resultados imensuráveis -- A todos os que se oferecem ao Senhor para serviço, sem nada reter para si, é concedido poder para atingir imensuráveis resultados. -- Serviço Cristão, 257 (1902). ------------------------Capítulo 17 -- Acompanhado por anjos CEv 110 1 Ministério dos santos anjos -- Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a missão dos anjos. Convém lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais. Exércitos invisíveis, de luz e poder, auxiliam os mansos e humildes que crêem nas promessas de Deus e as reclamam. Querubins, serafins e anjos magníficos em poder, estão à destra de Deus, sendo "todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". -- Atos dos Apóstolos, 154 (1911). CEv 110 2 Milhares de anjos -- Ao trabalhardes pelas almas que perecem, tendes como companheiros os anjos. Milhares de milhares, e miríades de miríades de anjos estão aguardam a oportunidade de cooperar com os membros de nossas igrejas para comunicar a luz que Deus generosamente concedeu, a fim de que se prepare um povo para a vinda de Cristo. -- Testemunhos Selectos 3:347, 348 (1909). CEv 110 3 Eles estão sempre perto -- Aqueles que trabalham para o bem dos outros, fazem-no em união com os anjos celestiais. Têm sua constante companhia, seu incessante ministério. Anjos de luz e poder se acham sempre perto para proteger, confortar, curar, instruir, inspirar. A eles pertence a mais elevada educação, a mais verdadeira cultura, o mais exaltado serviço ao alcance de seres humanos neste mundo. -- Obreiros Evangélicos, 315 (1900). CEv 111 1 Enviados para nos ajudar -- Nada é, na aparência, mais impotente e, no entanto, realmente mais invencível, que a alma que sente não ser nada e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Deus enviaria todos os anjos do Céu em auxílio de uma alma tal, de preferência a permitir que fosse vencida. -- Mensagens aos Jovens, 94 (1902). CEv 111 2 Nossos colportores estão tendo notável sucesso. E por que não teriam? Os anjos celestiais estão trabalhando com eles. Centenas dos que crêem na verdade farão, se conservarem seu coração humilde, uma boa obra na companhia dos anjos celestiais. Deus usará os que humilham o coração perante Ele, e se santificam em fé e humildade, seguindo o exemplo do grande Mestre, e falando palavras que iluminarão os que não são de nossa fé. Devemos trabalhar paciente e desinteressadamente, como servos do Senhor, abrindo a Escritura a outros. -- Carta 102, 1910. CEv 111 3 Os anjos dão as palavras -- Muita responsabilidade repousa sobre o colportor. Ele deve ir a seu trabalho preparado para explicar as Escrituras. Se põe no Senhor sua confiança, ao ir de lugar em lugar, anjos de Deus estarão ao seu redor, dando-lhe palavras para falar, as quais levarão luz, e esperança, e ânimo a muitas almas. -- Testemunhos Selectos 2:533 (1900). CEv 111 4 Eles vêm para abrandar corações -- Deus impressionará os que almejam direção. Ele dirá a Seu agente humano: "Fala a este ou aquele a respeito do amor de Jesus." Tão depressa seja o nome de Jesus mencionado com amor e ternura, anjos de Deus se aproximam para abrandar e subjugar o coração. -- Manual for Canvassers, 47, 48 (1902). CEv 112 1 Eles instruem -- Cada colportor tem positiva e constante necessidade da assistência dos anjos; porque tem uma importante obra a fazer, uma obra que não pode executar em sua própria força. Os que nasceram de novo e estão dispostos a ser guiados pelo Espírito Santo, fazendo o seu trabalho de acordo com a vontade de Cristo; os que trabalham como se pudessem ver o universo celestial a observá-los, serão acompanhados e instruídos pelos santos anjos, os quais irão adiante deles à morada das pessoas, preparando-lhes o caminho. Tal auxílio está muito acima de todas as vantagens que se supõe darem os custosos embelezamentos. CEv 112 2 Eles dão êxito -- Quando os homens reconhecerem o tempo em que estamos vivendo, trabalharão como à vista do Céu. O colportor tomará esses livros que levam luz e força à alma. Absorverá o espírito desses livros e porá toda a alma na obra de apresentá-los ao povo. Sua força, seu ânimo e êxito dependerão de quão plenamente a verdade apresentada nos livros esteja entretecida em sua própria experiência e desenvolvida em seu caráter. Quando sua própria vida estiver assim moldada, ele pode ir avante, expondo a outros a sagrada verdade que está manejando. Imbuído do Espírito de Deus, ganhará uma profunda e rica experiência, e os anjos celestiais lhe darão êxito no trabalho. -- Testemunhos Selectos 2:538, 539 (1900). CEv 113 1 Jesus e os santos anjos darão êxito aos esforços de homens inteligentes e tementes a Deus, que façam tudo que está em seu poder para salvar almas. Quietamente, modestamente, com o coração transbordante de amor, procurem eles almas que investiguem a verdade, empenhando-se em estudos bíblicos, quando podem. Assim fazendo, estarão semeando a semente da verdade ao lado de todas as águas, anunciando as virtudes dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Os que estão fazendo esta obra com motivos corretos, estão efetuando um importante trabalho de auxílio. Não manifestarão um caráter débil e indeciso. Seu espírito está-se alargando, suas maneiras estão-se tornando mais polidas. Não devem colocar limites a sua melhora, mas cada dia tornar-se melhor adaptados para fazer bom trabalho. -- Testemunhos para a Igreja, 5:403 (1885). ------------------------Capítulo 18 -- Auxílio para cada dificuldade CEv 114 1 Mil maneiras -- Nosso Pai celeste tem mil maneiras de nos prover as necessidades, das quais nada sabemos. Os que aceitam como princípio dar lugar supremo ao serviço de Deus, verão desvanecidas as perplexidades e terão caminho plano diante de si. -- A Ciência do Bom Viver, 481 (1905). CEv 114 2 Resultados não medidos por sucessos aparentes -- Devemos ser cristãos sinceros e fervorosos, executando fielmente os deveres postos em nossas mãos, e olhando sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. Nossa recompensa não depende de nosso aparente sucesso, mas do espírito com que nossa obra é feita. Como colportores ou evangelistas, podeis não haver alcançado o sucesso por aquilo que orastes, mas lembrai-vos de que não conheceis nem podeis medir o resultado do esforço fiel. -- Manuscrito 20, 1905. CEv 114 3 Não precisais desanimar -- Havendo contínua confiança em Deus, contínua prática da abnegação, os obreiros não submergirão no desânimo. Não se acabrunharão. Lembrar-se-ão de que em todo lugar há almas das quais o Senhor necessita e a quem o diabo está procurando, a fim de prendê-las fortemente no cativeiro do pecado, de desrespeito à Lei de Deus. -- Manual for Canvassers, 28 (1902). CEv 115 1 A vitória será concedida -- O colportor não precisa desanimar se é chamado a enfrentar dificuldades em seu trabalho; trabalhe ele com fé, e a vitória será concedida. "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século." Quando quer que seja apresentado um livro que há de expor o erro, Satanás se posta ao lado daquele a quem é oferecido, e apresenta razões pelas quais não deve ser aceito. Mas uma instrumentalidade divina está em ação a fim de influenciar as mentes a favor da luz. Anjos ministradores oporão seu poder ao de Satanás. E quando, através da influência do Espírito Santo a verdade for recebida na mente e no coração, terá sobre o caráter um poder transformador. -- Manuscrito 31, 1890. CEv 115 2 Olhar com fé em direção ao céu -- Aceitemos a Palavra de Cristo como nossa segurança. Não nos convidou a ir a Ele? Nunca nos permitamos falar de modo desesperançado e desanimado. Perderemos muito, se o fizermos. Olhando as aparências e lamentando quando vêm dificuldades e angústias, damos prova de fé doentia e débil. Falemos e procedamos como se a nossa fé fosse invencível. O Senhor é rico em recursos; pertence-Lhe todo o mundo. Pela fé olhemos para o Céu. Contemplemos Aquele que tem luz e poder e eficiência. -- Parábolas de Jesus, 146, 147 (1900). CEv 115 3 Crer nas promessas de Deus -- Aqueles que trabalham para Deus encontrarão o desânimo, mas pertence-lhes sempre a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Deus dará a mais maravilhosa experiência aos que disserem: "Creio em Tua promessa; não fracassarei nem desanimarei." -- Testemunhos Selectos 2:551 (1900). CEv 116 1 O Salvador enviará auxílio -- O precioso Salvador enviará auxílio exatamente quando dele necessitarmos. O caminho para o Céu acha-se consagrado pelas Suas pegadas. Cada espinho que fere nossos pés, feriu os Seus. A cruz que somos chamados a carregar, Ele a levou antes de nós. O Senhor permite que venham os conflitos, a fim de prepararem a alma para a paz. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 633 (1888). CEv 116 2 Ele levanta o abatido -- Nenhum suspiro se desprende, nenhuma dor é sentida, desgosto algum magoa a alma, sem que sua vibração se faça sentir no coração do Pai. ... Deus Se inclina de Seu trono para escutar o clamor do oprimido. A toda sincera súplica, responde: "Eis-Me aqui." Ergue o aflito e o oprimido. Em todas as nossas aflições, é Ele afligido também. Em toda tentação e em toda prova, o anjo de Sua face perto está para livrar. -- O Desejado de Todas as Nações, 356 (1898). CEv 116 3 Perigo da hesitação e da dúvida -- Como o profeta [Jonas] considerasse as dificuldades e a aparente impossibilidade desta comissão, foi tentado a duvidar da sabedoria do chamado. ... Enquanto hesitava, duvidando ainda, Satanás o venceu com o desânimo. ... No encargo que lhe fora dado, havia sido confiada a Jonas uma pesada responsabilidade; contudo Aquele que o havia mandado ir, estava apto a sustentar Seu servo e garantir-lhe o sucesso. -- Profetas e Reis, 266 (1916). CEv 117 1 Não permitir que a coragem falhe -- Não permitais nunca que vossa coragem falhe. Jamais faleis de incredulidade porque as aparências são contra vós. Ao trabalhardes para o Mestre sentireis pressão pela carência de meios, mas o Senhor ouvirá e responderá a vossas petições por auxílio. Seja vossa linguagem: "Porque o Senhor Jeová Me ajuda, pelo que Me não confundo; por isso pus o Meu rosto como um seixo, e sei que não serei confundido." Isaías 50:7. -- Testimonies for the Church 7:244 (1902). CEv 117 2 Sejamos esperançosos e corajosos. O desânimo no serviço do Senhor é pecaminoso e desarrazoado. Ele conhece cada uma das nossas necessidades. Tem todo o poder. Pode conceder aos Seus servos a medida da eficiência que a sua necessidade requer. -- Testemunhos Selectos 3:221, 222 (1904). CEv 117 3 Sede fortes e falai de esperança. Abri vosso caminho através dos obstáculos. Estais em matrimônio espiritual com Jesus Cristo. A Palavra é vossa segurança. Aproximai-vos de vosso Salvador com a plena confiança de uma viva fé, unindo vossas mãos às Suas. Ide aonde Ele abrir caminho. Fazei o que Ele vos disser, seja o que for. Ele vos ensinará com tão boa vontade como ensinará a qualquer outro. -- Testimonies for the Church 6:462 (1900). CEv 117 4 Exercitar a fé de Calebe -- Foi a fé que Calebe depositou em Deus que lhe deu coragem; ela o manteve livre do temor do homem, mesmo dos mais poderosos gigantes, os filhos de Enaque, e capacitou-o a permanecer ousada e inflexivelmente na defesa do direito. Da mesma exaltada fonte -- o poderoso General dos exércitos do Céu -- todo verdadeiro soldado da cruz de Cristo deve receber força e coragem para vencer obstáculos que muitas vezes parecem intransponíveis. ... Precisamos agora de Calebes... que com corajosas palavras dêem um forte relatório em favor de ação imediata. -- Idem, 5:378-383 (1885). CEv 118 1 Trabalhar com determinação -- Os que estão no serviço de Deus precisam mostrar ânimo e determinação na obra de salvar almas. Lembrem-se de que há os que hão de perecer, a menos que nós, como instrumentos divinos, trabalhemos com determinação que não falhe nem esmoreça. O trono da graça deve ser o nosso arrimo contínuo. -- Testemunhos Selectos 3:51 (1900). CEv 118 2 Enfrentar as dificuldades com bravura -- Surgirão dificuldades que provarão vossa fé e paciência. Enfrentai-as com bravura. Olhai o lado luminoso. Se a obra está em embaraço, assegurai-vos de que não é por vossa culpa, e então prossegui, regozijando-vos no Senhor. -- Testimonies for the Church 7:244 (1902). CEv 118 3 As provas são benéficas -- Mas quando nos sobrevém a tribulação, quantos de nós são como Jacó! Julgamos ser a mão de um inimigo; e na escuridão lutamos cegamente até ter gasto as forças, sem encontrarmos conforto nem libertamento. ... Também nós precisamos aprender que as provações significam benefício, e não desprezar o castigo do Senhor, nem desfalecer quando somos por Ele repreendidos. -- O Maior Discurso de Cristo, 11 (1896). CEv 118 4 O Senhor Jesus nossa eficiência -- Obreiros de Cristo nunca devem pensar, muito menos falar em fracasso em sua obra. O Senhor Jesus é nossa eficiência em todas as coisas; Seu Espírito tem de ser nossa inspiração; e ao nos colocarmos em Suas mãos, para ser veículos de luz, nossos meios de fazer bem nunca se esgotarão. Poderemos haurir de Sua plenitude, e receber daquela graça que desconhece limites. -- Obreiros Evangélicos, 19 (1915). CEv 119 1 Esperai grandes coisas -- Não são as capacidades que agora possuímos ou havemos de possuir, que nos darão êxito. É o que o Senhor pode fazer por nós. Deveríamos depositar muito menos confiança no que o homem é capaz de fazer, e muito mais no que Deus pode fazer para cada alma crente. Anseia Ele que Lhe estendamos as mãos pela fé. Anseia que esperemos grandes coisas dEle. Anela dar-nos sabedoria, tanto nos assuntos temporais como nos espirituais. Pode aguçar o intelecto. Pode dar tato e habilidade. Empreguemos nossos talentos na obra, peçamos a Deus sabedoria, e ser-nos-á dada. -- Parábolas de Jesus, 146 (1900). CEv 119 2 Todas as dificuldades removidas -- Se buscardes o Senhor e vos converterdes cada dia; se, por vossa própria escolha espiritual, fordes livres e ditosos em Deus; se, com satisfeito consentimento do coração a Seu gracioso convite, vierdes e tomardes o jugo de Cristo -- o jugo da obediência e do serviço -- todas as vossas murmurações emudecerão, remover-se-ão todas as vossas dificuldades, todos os desconcertantes problemas que ora vos defrontam se resolverão. -- O Maior Discurso de Cristo, 101 (1896). CEv 119 3 Mercê das maravilhosas operações da providência divina, montanhas de dificuldades serão removidas e lançadas no mar. -- Testemunhos Selectos 3:332 (1909). ------------------------Capítulo 19 -- Livros que dão a mensagem CEv 120 1 Proclamar a terceira mensagem angélica -- O Senhor chama obreiros para que entrem no campo da colportagem, de maneira que os livros que contêm a luz da verdade presente entrem em circulação. O povo do mundo necessita saber que os sinais dos tempos estão em cumprimento. Levai-lhes os livros que os iluminarão. ... CEv 120 2 Os que têm estado há muito na verdade estão dormindo. Necessitam ser santificados pelo Espírito Santo. A mensagem do terceiro anjo precisa ser proclamada com altissonante voz. Tremendos eventos estão perante nós. Não temos tempo a perder. Oxalá não permitamos que assuntos de menor monta obscureçam a luz que deve ser dada ao mundo. CEv 120 3 A mensagem de advertência deve ser levada a todas as partes do mundo. Nossos livros devem ser publicados em muitas línguas diferentes. Com esses livros, homens humildes e fiéis devem sair como colportores-evangelistas, levando a verdade a muitos que de outro modo nunca seriam iluminados. -- Manuscrito 76, 1901. CEv 120 4 Uma missão definida -- Dói-me o coração ao ver os que professam estar esperando o Salvador, devotarem seu tempo e talentos à divulgação de livros que nada contêm concernente às verdades especiais para este tempo -- livros de narrativas, de biografias, livros de teorias e especulações humanos. O mundo está cheio de tais livros; podem ser conseguidos em qualquer lugar; mas como podem os seguidores de Cristo empenhar-se em obra tão comum, quando há por todos os lados clamorosa necessidade da verdade de Deus? Não é nossa missão fazer circular tais obras. Há milhares de outras pessoas para fazer isto, as quais não têm ainda suficiente conhecimento de coisa melhor. Temos uma missão definida, e não nos devemos afastar dela para questões secundárias. Homens e meios não devem ser empregados para levar perante o povo livros que não digam respeito à verdade presente. -- Manual for Canvassers, 66, 67 (1902). CEv 121 1 A menos que se tome cuidado, o mercado será inundado de livros de baixo teor, e o povo será privado da luz e verdade essenciais a eles a fim de que seja preparado o caminho do Senhor. -- Carta 43, 1899. CEv 121 2 Ter em mãos livros que levem luz à alma -- Tenham os colportores em mãos livros que levem luz e fortaleza à alma, e bebam no espírito desses livros. Ponham eles toda a sua alma na obra de apresentar esses livros ao povo. Se eles estiverem imbuídos do Espírito de Deus, os anjos celestiais lhes darão sucesso em seu trabalho e eles alcançarão profunda e rica experiência. -- Carta 75, 1900. CEv 121 3 Ensinar as doutrinas que evidenciem nossa fé -- Nossos obreiros devem agora ser animados a dar a sua primeira atenção aos livros que tratem das evidências de nossa fé -- livros que ensinem as doutrinas da Bíblia, e preparem um povo que há de ficar em pé nos tempos probantes que estão diante de nós. Havendo levado um povo à luz da verdade por meio do trabalho de instruções bíblicas, acompanhado de oração, e mediante um emprego sábio de nossas publicações, devemos ensiná-los a tornar-se obreiros na palavra e na doutrina. Devemos animá-los a espalhar os livros que tratam de assuntos bíblicos -- livros cujos ensinamentos preparem um povo para resistir à prova, tendo cingidos os lombos com a verdade, e acesas as lâmpadas. -- Testemunhos Selectos 3:311 (1909). CEv 122 1 Contêm a verdade presente -- Os colportores devem ser animados a lançar mão deste trabalho, não para vender livros de histórias, mas para apresentar diante do mundo os livros que contêm a verdade essencial para este tempo. -- Idem 2:533 (1900). CEv 122 2 Dar as verdades probantes -- Os grandes livros... contêm a verdade presente para este tempo -- verdades que devem ser proclamadas em todas as partes do mundo. Nossos colportores devem fazer circular os livros que dão instrução definida referente a mensagens probantes que devem preparar um povo para que permaneça na plataforma da verdade eterna, mantendo erguida a bandeira na qual está escrito: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." CEv 122 3 Tenho sido instruída que a obra da colportagem deve ser reavivada. Nossos pequenos livros, com nossos folhetos e revistas, podem e devem ser usados em conexão com nossos grandes livros. -- Manuscrito 136, 1903. ------------------------Capítulo 20 -- Os grandes livros de nossa mensagem CEv 123 1 Livros que lançam luz sobre a apostasia de Satanás* -- Fui instruída de que os importantes livros que contêm a luz dada por Deus com respeito à apostasia de Satanás no Céu, deveriam ter vasta circulação justamente agora; porque por meio deles a verdade atingirá muitas mentes. Patriarcas e Profetas, Daniel e Apocalipse e O Grande Conflito são agora mais necessários do que nunca dantes. Deveriam circular amplamente, porque as verdades a que dão ênfase, abrirão muitos olhos cegos. ... Muitos dentre nosso povo têm estado cegos quanto à importância dos livros mais necessários. Se tivessem sido manifestados tato e habilidade na venda destes livros, o movimento das leis dominicais não estaria no pé em que está hoje. -- The Review and Herald, 16 de Fevereiro de 1905. CEv 123 2 Há em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e em Daniel e Apocalipse, preciosa instrução. Esses livros devem ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito para pô-los perante o povo. -- Carta 229, 1903. CEv 124 3 A luz dada foi que Daniel e Apocalipse, O Grande Conflito e Patriarcas e Profetas se venderiam. Eles contêm exatamente a mensagem de que o povo necessita, a luz especial que Deus deu a Seu povo. Os anjos de Deus preparariam o caminho para estes livros no coração do povo. -- Special Instruction Regarding Royalties, 7 (1899). CEv 124 1 Livros do Espírito de Profecia -- Agradeço a meu Pai celestial pelo interesse que meus irmãos e irmãs tomaram pela circulação de Parábolas de Jesus. Pela venda deste livro, muito bem tem sido feito, e o trabalho deve ser continuado. Mas os esforços de nosso povo não devem limitar-se a este único livro. A obra do Senhor abrange mais do que um ramo de serviço. Parábolas de Jesus deve viver e fazer sua obra designada; mas nem todo o pensamento e esforço do povo de Deus devem ser dados a sua circulação. Os livros grandes Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações devem ser vendidos em toda parte. Estes livros contêm a verdade para este tempo -- verdade que deve ser proclamada em todas as partes do mundo. Nada deve impedir sua venda. CEv 124 2 O esforço para disseminar Parábolas de Jesus tem demonstrado o que pode ser feito no campo da colportagem. Este esforço proporciona uma lição que nunca deve ser esquecida, acerca de como colportar do modo devoto e confiante que traz êxito. CEv 124 3 Muitos mais de nossos livros grandes poderiam ter sido vendidos, se os membros da igreja se tivessem despertado ao reconhecimento da importância das verdades que estes livros contêm e tivessem reconhecido sua responsabilidade de fazê-los circular. Meus irmãos e irmãs, não havereis de fazer agora um esforço para disseminar estes livros? e não dareis a este esforço o entusiasmo que destes ao esforço para vender Parábolas de Jesus? Vendendo estes livros, muitos aprenderam a manejar os livros grandes. Obtiveram uma experiência que os preparou para entrar no campo da colportagem. CEv 125 1 A influência desses livros -- A irmã White não é a originadora destes livros. Eles contêm a instrução que durante o trabalho de sua vida Deus tem estado a dar-lhe. Contêm a preciosa, confortadora luz que Deus, graciosamente, deu a Sua serva para ser dada ao mundo. De suas páginas, esta luz deve brilhar no coração de homens e mulheres, guiando-os ao Salvador. O Senhor declarou que estes livros devem ser espalhados através do mundo. Neles há uma verdade que, para o que a recebe, é um cheiro de vida para vida. Eles são silenciosas testemunhas de Deus. No passado eles foram o meio em Suas mãos para convencer e converter muitas almas. Muitos os têm lido com ansiosa expectativa, e, lendo-os, foram levados a ver a eficácia da expiação de Cristo e a confiar em Seu poder. Foram levados a encomendar a guarda de sua alma ao Criador, aguardando a vinda do Salvador para levar Seus queridos para o seu eterno lar. Futuramente, estes livros esclarecerão o evangelho a muitos outros, revelando-lhes o caminho da salvação. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. CEv 125 2 Vender livros que promovam a luz -- O Senhor tem dado muita instrução a Seu povo: regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior. Oh! quanto bem poderia ser feito se os livros que contêm esta luz fossem lidos com a resolução de se executarem os princípios que eles contêm! Haveria uma vigilância mil vezes maior, um esforço abnegado e resoluto mil vezes maior. E muitos mais estariam agora regozijando-se na luz da verdade presente. CEv 126 1 Meus irmãos e irmãs, trabalhai zelosamente para fazer circular estes livros. Ponde vosso coração nesta obra, e a bênção de Deus estará conosco. Saí com fé, orando para que Deus prepare corações para receber a luz. Sede agradáveis e corteses. Mostrai, por uma conduta coerente, que sois verdadeiros cristãos. Andai e trabalhai à luz do Céu, e vosso caminho será como o caminho do justo, brilhando mais e mais até o dia perfeito. -- Idem, 20 de Janeiro de 1903. CEv 126 2 Verdades sustentadas por um "assim diz o Senhor" -- Quantos têm lido cuidadosamente Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações? Eu desejo que todos compreendam que minha confiança na luz que Deus tem dado permanece firme, porque eu sei que o poder do Espírito Santo engrandeceu a verdade e fê-la gloriosa, dizendo: "Este é o caminho, andai nele." Em meus livros a verdade é declarada, fortalecida por um "Assim diz o Senhor". O Espírito Santo traçou essas verdades sobre meu coração e mente de maneira tão indelével como a lei foi traçada pelo dedo de Deus nas tábuas de pedra, as quais estão agora na arca, para serem expostas naquele grande dia, quando a sentença será pronunciada contra toda má e sedutora ciência produzida pelo pai da mentira. -- Carta 90, 1906. CEv 126 3 Agradaria a Deus ver O Desejado de Todas as Nações em cada lar. Neste livro está contida a luz que tem sido dada sobre Sua Palavra. A nossos colportores eu gostaria de dizer: Saí com o coração abrandado e subjugado pela leitura da vida de Cristo. Bebei profundamente da água da salvação, de maneira que ela seja em vosso coração como uma fonte viva, que flua para refrigerar almas prestes a perecer. -- Carta 75, 1900. CEv 127 1 O Grande Conflito, superior à prata ou ouro -- O Grande Conflito deve alcançar ampla circulação. Ele contém a história do passado, do presente e do futuro. Em sua exposição das cenas finais da história desta Terra, dá ele um poderoso testemunho em favor da verdade. Estou mais ansiosa de ver ampla circulação deste que de qualquer outro livro que eu tenha escrito; pois em O Grande Conflito, a última mensagem de advertência ao mundo é dada mais distintamente que em qualquer de meus outros livros. -- Carta 281, 1905. CEv 127 2 Falo a vós que estais empenhados na obra da colportagem. Lestes o volume IV [O Grande Conflito]? Sabeis o que ele contém? Tendes qualquer apreciação do assunto? Não vedes que o povo necessita a luz ali apresentada? Se já não o tendes feito, admoesto-vos a que leiais cuidadosamente essas solenes advertências e apelos. Estou certa de que o Senhor apreciaria ver esta obra levada a todos os caminhos e valados, onde haja almas a ser advertidas do perigo prestes a vir. -- Carta 1, 1890. CEv 127 3 Fui movida pelo Espírito do Senhor a escrever este livro, e enquanto trabalhando nele, senti grande fardo sobre minha alma. Eu sabia que o tempo era pouco, que as cenas que breve nos envolverão viriam afinal muito rápida e subitamente, tal como são representadas nas palavras da Escritura: "O dia do Senhor virá como ladrão de noite." CEv 128 1 O Senhor tem posto perante mim assuntos que são de urgente importância para o presente tempo, e que alcançam o futuro. Numa incumbência a mim entregue foram-me ditas as palavras: "Escreve num livro as coisas que tens visto e ouvido, para que vá a todos os povos; pois é chegado o tempo em que a História passada se repetirá." Tenho sido despertada a uma, duas, ou três horas da manhã, com algum ponto a exercer forte pressão em meu espírito, como se dito pela voz de Deus. ... CEv 128 2 Foi-me mostrado... que deveria devotar-me a escrever os importantes assuntos do volume IV [O Grande Conflito]; que a advertência devia ir aonde não pode ir o mensageiro em pessoa, e que ela deveria chamar a atenção de muitos para os importantes eventos a ocorrer nas cenas finais da história deste mundo. -- Carta 1, 1890. CEv 128 3 Aprecio o livro O Grande Conflito mais que prata ou ouro, e desejo grandemente que vá perante o povo. Enquanto preparava o manuscrito de O Grande Conflito, muitas vezes estive consciente da presença dos anjos de Deus. E muitas vezes as cenas a respeito das quais eu estava escrevendo foram-me de novo apresentadas em visões da noite, de maneira que ficavam frescas e vívidas em minha mente. -- Carta 56, 1911. CEv 128 4 Os maiores resultados, no futuro -- Os resultados da circulação deste livro [O Conflito] não devem ser julgados pelo que agora aparece. Por intermédio de sua leitura, algumas almas serão despertadas e encontrarão forças para unir-se de vez com os que guardam os mandamentos de Deus. Número muito maior, porém, que o ler, não tomará sua posição até que veja que estão tendo lugar os próprios eventos nele preditos. O cumprimento de algumas das predições inspirará fé que as outras também se cumprirão, e quando a Terra for iluminada com a glória do Senhor, na obra de encerramento, muitas almas tomarão sua posição em relação aos mandamentos de Deus como resultado deste instrumento. -- Manuscrito 31, 1890. CEv 129 1 Livros com uma influência toda especial -- Deus deu-me a luz contida em O Grande Conflito e Patriarcas e Profetas, e esta luz era necessária para despertar as pessoas para que se preparem para o grande dia de Deus, o qual está justo perante nós. Esses livros contêm o apelo direto de Deus ao povo. Assim está Ele falando ao povo com palavras animadoras admoestando-os a se prepararem para Sua vinda. A luz que Deus tem dado nesses livros não deve ser escondida. ... CEv 129 2 Sei que as afirmações feitas de que esses livros não podem ser vendidos não são verdadeiras. Eu sei, pois o Senhor me instruiu que isto é dito porque os artifícios humanos bloquearam o caminho para a sua vendagem. Não se pode negar que essas obras não foram produto de qualquer mente humana; são a voz de Deus falando a Seu povo e exercerão sobre a mente uma influência que outros livros não exercem. -- Manuscrito 23, 1890. CEv 129 3 Muitos se apartarão da fé e darão ouvidos a espíritos sedutores. Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito são livros especialmente adaptados aos novos na fé, para que sejam estabelecidos na verdade. São apontados os perigos que devem ser evitados pelas igrejas. Os que se tornarem inteiramente familiarizados com as lições desses livros verão os perigos perante eles e serão capazes de discernir o caminho claro e reto traçado para eles. Serão guardados de caminhos estranhos. Farão veredas direitas para seus pés, para que o que coxeia não se desvie do caminho. -- Carta 229, 1903. CEv 130 1 Preservarão do erro -- Seja despertado o interesse na venda desses livros. Sua vendagem é essencial, pois eles contêm oportuna instrução do Senhor. Eles devem ser apreciados como livros que levam ao povo a luz que é especialmente necessária justo agora. Devem, pois, esses livros ser amplamente distribuídos. Os que fazem cuidadoso estudo da instrução neles contida, e se dispõem a recebê-la como do Senhor, serão guardados de receber muitos dos erros que estão sendo introduzidos. Os que aceitam as verdades contidas nesses livros não serão levados a falsas veredas. ------------------------Capítulo 21 -- Publicações sobre saúde CEv 131 1 Circulação de publicações sobre saúde -- A circulação de nossas publicações sobre saúde é uma obra importantíssima. É obra em que devem ter vivo interesse todos os que crêem nas verdades especiais para este tempo. Deus deseja que agora, como nunca dantes, a mente do povo seja profundamente estimulada a investigar a grande questão da temperança e os princípios que sustentam a verdadeira reforma da saúde. CEv 131 2 Religião e Saúde -- A verdadeira religião e as leis de saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar pela salvação de homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade de romper com as satisfações pecaminosas, as quais destroem a saúde, aviltam a alma e impedem as verdades divinas de impressionar a mente. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901. CEv 131 3 Reforma de saúde, uma cunha de entrada -- O evangelho da saúde tem defensores capazes, mas seu trabalho tem sido muito dificultado porque muitos pastores, presidentes de associações e outras pessoas que se acham em posição de influência têm deixado de dar à questão da reforma de saúde a devida atenção. Eles não a têm reconhecido, em relação com a obra da mensagem, como o braço direito do corpo. Enquanto tem sido demonstrado muito pouco respeito para com este departamento por parte de muitas pessoas por alguns dos pastores, o Senhor manifestou Sua consideração para com ele dando-lhe abundante prosperidade. Quando conduzida de maneira adequada, a obra da saúde é uma cunha penetrante, que abre caminho para que outras verdades cheguem ao coração. Quando recebida em sua plenitude a mensagem do terceiro anjo, a reforma da saúde terá o seu lugar nos concílios da associação, no trabalho da igreja, no lar, à mesa e em todos os preparativos domésticos. Então o braço direito servirá o corpo e o protegerá. -- Conselhos Sobre Saúde, 434 (1900). CEv 132 1 Literatura sobre saúde, a mão ajudadora do evangelho -- Nossa literatura sobre saúde é a mão auxiliadora do evangelho, a fim de abrir o caminho para que a verdade entre e salve muitas almas. Eu não sei de outra coisa que mais depressa abra os corações que esta literatura, que, quando lida e praticada, leva almas ao exame da Bíblia para melhor compreensão da verdade. CEv 132 2 Os colportores devem levar as publicações de saúde ao conhecimento daqueles a quem visitam, falando-lhes de quão úteis são elas no tratamento de enfermidades. -- Manuscrito 113, 1901. CEv 132 3 Cativa a atenção -- As publicações sobre saúde alcançam a muitos que não veriam nem leriam coisa alguma sobre importantes assuntos bíblicos. ... A verdade sobre reforma de saúde deve ir ao povo. Isto é essencial para prender a atenção em referência à verdade bíblica. CEv 132 4 Deus requer que Seu povo seja temperante em todas as coisas. A menos que pratique a temperança, não serão, não poderão ser santificados pela verdade. Seus próprios pensamentos e mente tornam-se depravados. CEv 132 5 Muitos dos que são vistos como depravados sem remédio, se forem devidamente instruídos com respeito a suas práticas atentatórias à saúde, serão tomados pela verdade. Assim podem ser elevados, enobrecidos, santificados, vasos próprios para o uso do Mestre. Ide com vossas mãos cheias de leitura apropriada, e vosso coração cheio do amor de Cristo por suas almas, alcançando-os onde estiverem. ... CEv 133 1 Remove preconceitos -- Tem-se-me mostrado que em dardes atenção a este ramo da obra removeis grande quantidade de preconceitos de muitas mentes, o qual lhes tem barrado o caminho para que recebam a verdade e leiam as publicações que expõem a verdade em que cremos. Este assunto não deve ser passado por alto como não essencial; pois quase todas as famílias necessitam ser ativadas nesta questão, e sua consciência despertada para que sejam cumpridores da Palavra de Deus na prática da abnegação quanto ao apetite. Quando tornais o povo esclarecido sobre questões da reforma de saúde, tendes preparado o caminho para que dêem atenção à verdade presente para estes últimos dias. Disse meu guia: "Educai, educai, educai!" A mente deve ser iluminada; pois o entendimento está entenebrecido, tal como Satanás deseja, para que possa encontrar acesso através do apetite pervertido e aviltar a alma. ... CEv 133 2 Sou informada por meu guia: "Todos os que crêem na verdade e a proclamam devem não somente praticar a reforma de saúde, mas ensiná-la diligentemente a outros." Isto será um forte instrumento em chamar a atenção dos incrédulos à consideração de que se somos esclarecidos com referência ao regime e práticas saudáveis, sê-lo-emos também no que respeita a assuntos de doutrinas bíblicas. -- Manuscrito 1, 1875. CEv 133 3 O Senhor chama obreiros para que entrem no campo da colportagem. Ele deseja que os livros sobre reforma de saúde sejam divulgados. Muita coisa depende da questão de reforma de saúde. -- Manuscrito 174, 1899. CEv 134 1 Que jovens moços e moças, tomem nossos livros sobre viver saudável e saiam entre o povo, fazendo o máximo para promover a obra de reforma de saúde. Há muitos no mundo que estão ansiosos por conhecer mais com respeito a esses princípios. -- Carta 154a, 1900. CEv 134 2 Grande necessidade desta luz -- O povo está em penosa necessidade da luz que irradia das páginas de nossas revistas de saúde e temperança. Deus deseja usar essas revistas como meio pelo qual jatos de luz atraiam a atenção do povo e leve-os a aceitar as advertências da mensagem do terceiro anjo. ... CEv 134 3 Os pastores podem e devem fazer muito para apressar a circulação de revistas de saúde. Cada membro da igreja deve trabalhar tão fervorosamente por essas revistas como pelos nossos outros periódicos. Não deve haver atrito entre os dois. ... CEv 134 4 A circulação de revistas de saúde será um poderoso meio de preparar o povo para que aceite as verdades especiais que devem prepará-los para a breve volta do Filho do homem. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901. CEv 134 5 Parte permanente de nossa literatura -- A reforma de saúde alcançará e tem alcançado uma classe que de outro modo jamais seria alcançada pela verdade. Há no presente grande necessidade de se envidarem esforços para ajudar o povo, crentes e incrédulos, por meio de palestras e publicações sobre saúde. Não posso ver por que os livros sobre saúde não devam ter um lugar permanente como as demais publicações, não obstante os preconceitos humanos em contrário. -- Carta 25a, 1889. ------------------------Capítulo 22 -- Mantendo o devido equilíbrio CEv 135 1 Livros religiosos e de saúde -- Deve existir perfeita unidade entre os obreiros que manejam livros que hão de inundar o mundo de luz. Onde quer que seja apresentada a obra da colportagem entre nosso povo, sejam apresentados livros sobre saúde e religião como partes de uma obra unida. A relação entre os livros religiosos e os de saúde é-me apresentada como ilustrada pela união da trama com a urdidura para formar um belo modelo e um perfeito trabalho. CEv 135 2 Igualmente importantes -- No passado os livros sobre saúde não foram vendidos com o interesse que sua importância requer. Conquanto eles tenham sido altamente apreciados por grande classe, muitos, todavia, não têm julgado essencial que eles saiam ao mundo. Mas o que poderá ser um melhor preparo para a vinda do Senhor e a recepção de outras verdades essenciais no preparo de um povo para Sua vinda, do que despertar o povo a ver os males desta época e levá-los à reforma dos hábitos condescendentes e insalubres? Não está o mundo em necessidade de ser despertado em relação ao assunto da reforma de saúde? Não está o povo em necessidade das verdades apresentadas nos livros sobre saúde? Um sentimento diferente daquele que até aqui tem prevalecido com respeito às obras sobre saúde, deve ser mantido por muitos de nossos colportores no campo. CEv 136 1 Divergências e grupos distintos não devem ser vistos entre nossos colportores e diretores de colportagem. Todos devem interessar-se na venda de livros que tratam sobre a questão da saúde como na venda das obras essencialmente religiosas. Não se deve estabelecer a regra de que só certos livros devam ocupar a atenção dos colportores. Deve haver perfeita unidade, um desenvolvimento bem equilibrado e simétrico da obra em todas as suas partes. CEv 136 2 Não devem ser separados -- A indiferença com que os livros sobre saúde têm sido tratados por muitos, é uma ofensa a Deus. Separar a obra médica do grande corpo da obra, não está em Sua ordem. A verdade presente repousa na obra da reforma de saúde tão certo como em outros aspectos da obra evangélica. Nenhum ramo, separado dos outros, pode ser um todo perfeito. -- Testimonies for the Church 6:326, 327 (1900). CEv 136 3 Nenhum ramo deve ser feito especialidade -- Em toda a nossa obra deve haver cautela, para que nenhum ramo seja feito uma especialidade, enquanto outros interesses sofrem detrimento. Na circulação de nossas revistas de saúde não tem havido o interesse que devia haver. A distribuição dessas revistas não deve ser negligenciada, ou o povo sofrerá grande perda. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901. CEv 136 4 Cada uma no seu lugar próprio -- Mas conquanto a obra de saúde tenha seu lugar na proclamação da terceira mensagem angélica, seus advogados não devem, de modo algum, esforçar-se por fazê-la tomar o lugar da mensagem. Os livros sobre saúde devem ocupar sua própria posição, mas a circulação destes livros é unicamente um dos muitos ramos na grande obra a ser feita. As fortes impressões algumas vezes dadas ao colportor com respeito aos livros de saúde não devem resultar em excluir do campo outros livros importantes que devem ser apresentados ao povo. Os que têm a seu cargo a colportagem, devem ser homens que possam discernir a relação de cada parte da obra para com o grande todo. Que eles dêem a devida atenção à circulação dos livros de saúde, mas não tornem este ramo tão proeminente que atraia homens de outros ramos de importância vital, assim excluindo os livros que levam ao mundo a especial mensagem da verdade. CEv 137 1 Para o manuseio de livros religiosos é necessária tanta educação quanto para os que tratam da questão de saúde e temperança. Tanto deve ser dito em referência à colportagem com livros que contêm o alimento espiritual, tanto esforço deve ser feito para encorajar e educar os obreiros a fim de que espalhem os livros que contêm a terceira mensagem angélica quanto deve ser dito e feito para desenvolver obreiros para os livros de saúde. CEv 137 2 Uma o complemento da outra -- Uma espécie de livros sempre abrirá lugar à outra. Ambas são essenciais e ambas devem ocupar o campo ao mesmo tempo. Uma é o complemento da outra, e não pode, de modo algum, tomar seu lugar. Ambas tratam de assuntos do mais elevado valor, e ambas precisam fazer sua parte no preparo do povo de Deus para estes últimos dias. Ambas devem ser consideradas como a verdade presente, para iluminar, para despertar, para convencer. Ambas devem confundir-se na obra de santificar e purificar as igrejas que aguardam a vinda do Filho de Deus em poder e grande glória. CEv 137 3 Que cada publicador e diretor de colportagem trabalhe entusiasticamente para animar os agentes que agora estão no campo e para conquistar e preparar novos obreiros. Que cada um fortaleça e edifique a obra tanto quanto possível sem enfraquecer a obra de outros. Que tudo seja feito em amor fraternal e sem egoísmo. -- Testimonies for the Church 6:327, 328 (1900). CEv 138 1 Deve a obra se desenvolver simetricamente -- A reforma de saúde está tão intimamente relacionada com a terceira mensagem angélica, como o braço ao corpo; mas o braço não pode tomar o lugar do corpo. A proclamação da mensagem do terceiro anjo, dos mandamentos de Deus e do testemunho de Jesus, é o tema principal de nossa obra. A mensagem deve ser proclamada com alto clamor, e deve ir a todo o mundo. A apresentação dos princípios de saúde deve estar unida com esta mensagem, mas não deve em caso algum ser independente dela, ou de alguma maneira tomar o seu lugar. ... Deve haver um desenvolvimento simétrico bem equilibrado da obra em todas as partes. ... Eu desejaria que os livros de saúde ocupassem seu devido lugar; mas eles são apenas um dos muitos setores na grande obra a ser feita. O Senhor tem enviado Sua mensagem ao mundo em livros que contêm a verdade para os últimos dias. CEv 138 2 Os colportores não devem ser ensinados que um livro ou uma classe de livros deve tomar o campo com negligência de todos os outros. Entre os obreiros há sempre alguns que podem ser inclinados quase para qualquer direção. Os que têm o encargo da obra da colportagem devem ser homens de mente bem equilibrada, que possam discernir a relação de cada parte da obra para com o grande todo. Dêem eles a devida atenção à distribuição de livros de saúde, mas não tornem este setor tão proeminente que tire homens de outros setores de vital interesse. -- Carta 57, 1896. CEv 139 1 A vendagem de revistas e livros de saúde não representa de maneira nenhuma embaraço à vendagem de outras publicações que tratam de outros aspectos da mensagem do terceiro anjo. Todas devem preparar o caminho para que o Senhor Jesus venha nas nuvens do céu com poder e grande glória. -- Manuscrito 113, 1901. CEv 139 2 Não devem todos trabalhar com um só livro -- Tem-se insistido em que como o melhor método, só um livro por vez deva ter lugar no campo da colportagem -- que todos os colportores devem trabalhar com o mesmo livro. Se isto se pudesse fazer, não seria sábio nem conveniente. Nenhum livro deve ser levado só e conservado diante do público como se ele pudesse suprir todas as exigências para este tempo. Se o Senhor tem luz para Seu povo, exposta de diferentes modos em vários livros, quem se aventurará a pôr barreiras, de modo que a luz não seja difundida através do mundo? O Senhor deseja que delineemos planos, de maneira que a luz que Ele deu não seja escondida em nossas casas publicadoras, mas resplandeça para iluminar todos os que as receberem. -- Manual for Canvassers, 61, 62 (1902). CEv 139 3 Literatura para todas as classes -- Nenhum colportor deve exaltar o livro com o qual está trabalhando acima de outros que apresentam a verdade para este tempo. Se nossos colportores deixassem todos os livros menos um e neste concentrassem suas energias, a obra não seria efetuada de acordo com o plano de Deus. As mentes não são iguais, e o que pode ser alimento para uma, deixa de atrair outra; por isso, devem estar no campo livros que tratem, numa variedade de modos, dos especiais assuntos para este tempo. Será necessário ao colportor fazer uma sábia escolha. Que ninguém que está fazendo a obra de Deus se torne limitado e curto de vistas. O Senhor tem muitos instrumentos por meio dos quais deseja trabalhar. Quando um livro é exaltado acima de outro, há perigo de que exatamente a obra melhor adaptada para proporcionar luz ao povo seja eliminada. Não há necessidade de contrastar diferentes livros e julgar qual deles fará o máximo bem. Deus tem um lugar para todas as vozes e todas as penas que inspirou a se exprimirem por Ele. Será difícil para algumas mentes examinarem nossas obras mais difíceis, e um meio mais simples de expor a verdade alcançá-los-ia mais prontamente. Que os obreiros dirigentes animem os mais fracos e revelem um interesse igual em favor de cada um dos instrumentos postos em ação para preparar um povo para o dia do Senhor. Alguns receberiam mais benefício de revistas e folhetos do que de livros. Revistas, folhetos e brochuras que se baseiam em lições bíblicas, todos necessitam atenção na colportagem, porque são como pequenas cunhas que abrem o caminho para obras maiores. -- Manual for Canvassers, 63, 64 (1902). CEv 140 1 Folhetos e brochuras -- O colportor deve levar consigo folhetos, brochuras e livros pequenos para dar àqueles que não podem comprar. Deste modo a verdade pode ser introduzida em muitos lares. -- Testemunhos Selectos 2:554 (1900). CEv 140 2 Mais decididos esforços por livros religiosos -- A colportagem com nossas publicações é um trabalho evangelístico importante e dos mais proveitosos. ... Conquanto tenhamos dito muito em relação à colportagem com livros de saúde -- e ainda sentimos que devemos disseminar esses livros -- devem-se contudo fazer mais decididos esforços para que nossos importantes livros religiosos sejam levados ao povo. Nossas publicações podem ir a lugares onde não se podem realizar reuniões. Em tais lugares o fiel colportor-evangelista toma o lugar do pregador vivo. -- Carta 14, 1902. CEv 141 1 Neste período de nossa obra precisamos cuidar de cada passo que dermos com respeito à publicação de nossos livros. Tem-se-me mostrado claramente que precisamos munir-nos de homens e mulheres de habilidade como colportores. Muito dos esforços que se têm devotado à vendagem de livros médicos deve agora ser aplicado ao trato de livros que contenham a presente verdade para este tempo, para que as evidências de nossa fé e os eventos que estão diante de nós sejam conhecidos pelo povo. ... CEv 141 2 Devemos levar para dentro da obra toda instrumentalidade viva que sinta haver sido escolhida por Deus para fazer não uma obra comum, comercial, mas um trabalho que levará luz e verdade, verdade bíblica, ao mundo. -- Carta 72, 1907. CEv 141 3 Livros pequenos e livros grandes -- Eu não creio que seja correto devotar demasiada atenção à venda de livros pequenos, com negligência dos maiores. É erro deixar nas prateleiras as grandes obras que o Senhor revelou sejam postas nas mãos do povo, e forçar tão vigorosamente, no lugar destas, a venda de livros pequenos. -- Manuscrito 123, 1902. CEv 141 4 Não há tempo para lugares-comuns -- Estamos agora demasiado próximo do fim da história da Terra, para colocar diante do povo uma classe de livros que não contenham a mensagem que nosso povo necessita. Chamai-lhes a atenção para livros que tratem da fé e piedade práticas. Purificai e santificai o campo. Há abundância de livros que levarão luz ao mundo. CEv 142 1 Não posso compreender porque nossos periódicos contêm tantas notícias de livros não essenciais para este tempo. Uma profusão de tais livros pode ser adquirida em todas as livrarias. Por que não atrair a mente do povo para assuntos relacionados com as palavras de vida eterna? Por que não fazer um esforço para obterem-se comunicações simples, reais e verdadeiras de nossos obreiros de todas as partes do mundo? Deus requer este tipo de leitura. Não temos tempo para devotar a assuntos vulgares, nem tempo para despender com livros que apenas entretêm. -- Counsels to Writers and Editors, 147, 148 (1899). CEv 142 2 Tenho sido instruída que histórias comuns apresentadas em forma de livro não são essenciais a nosso bem-estar. O mundo está inundado com este tipo de literatura, e o fato de que tais livros encontram pronta saída não é de forma nenhuma evidência de que são os livros que devem entrar em circulação. A paixão por histórias está trazendo à luz muitos milhares de livros sem valor, os quais são como madeira, feno e palha. Esses livros são escritos por aqueles cuja mente tem sido educada para rolar num leito de romance. Tudo o que a mente imaginativa pode urdir é posto na forma de livro e apresentado ao mundo como alimento mental. Mas muitas vezes não tem valor alimentício. "Que é a palha para o trigo?" Nós não necessitamos de novelas; pois estamos tratando com cruas realidades da vida. -- Idem, 147 (1899). CEv 142 3 Abandonar literatura frívola e excitante -- O mundo está inundado de livros que melhor seria se fossem destruídos do que circulados. Livros sobre guerras indígenas e tópicos semelhantes, publicados e circulados com desígnio de fazer dinheiro, melhor seria nunca serem lidos. Há uma satânica fascinação nesses livros. O confrangente relato de crimes e atrocidades tem enfeitiçante poder sobre muitos jovens, excitando neles o desejo de tornarem-se notáveis, mesmo por meio das mais ímpias ações. Há muitas obras mais estritamente históricas, cuja influência é pouco melhor. As atrocidades, as crueldades, as práticas licenciosas, pintadas nesses escritos, têm atuado como fermento em muito espírito, levando à execução de atos semelhantes. Livros que pintam os feitos satânicos de seres humanos estão dando publicidade a más ações. Os horríveis pormenores de crime e miséria não precisam ser repetidos, e ninguém que creia a verdade para este tempo deve ter parte em perpetuar sua memória. CEv 143 1 As histórias de amor e os frívolos e excitantes contos constituem outra classe de livros que é uma maldição para todo leitor. O autor pode acrescentar boa moral e através de toda a sua obra pode entretecer sentimentos religiosos; todavia, na maioria dos casos, Satanás está apenas vestido em trajes angélicos, para, tanto mais eficazmente, enganar e seduzir. O espírito é afetado em grande medida por aquilo de que se alimenta. Os leitores de contos frívolos e excitantes tornam-se inabilitados para os deveres que lhes estão diante. Eles levam uma vida irreal e não têm nenhum desejo de um emprego útil, nenhum desejo de examinar as Escrituras, para alimentar-se do maná celestial. A mente está debilitada e perde a faculdade de contemplar os grandes problemas do dever e do destino. CEv 143 2 Tenho sido instruída que os jovens estão expostos ao maior perigo pela leitura imprópria. Satanás está constantemente dirigindo tanto a juventude como os de idade madura a se encantarem com histórias de nenhum valor. Fosse destruída grande parte dos livros publicados, e seria detida uma praga que está fazendo uma terrível obra quanto a debilitar a mente e corromper o coração. Ninguém está tão firmado em princípios retos, que esteja seguro contra a tentação. Toda esta literatura perniciosa deve ser resolutamente rejeitada. CEv 144 1 Não temos nenhuma permissão do Senhor para empenhar-nos, quer na publicação quer na venda de semelhante literatura, porque ela é o meio de destruir muitas almas. Sei de que estou escrevendo; porque esta questão foi aberta perante mim. Não se empenhem nesta obra os que crêem a verdade, pensando fazer dinheiro. O Senhor porá uma maldição sobre os meios assim obtidos: Ele espalhará mais do que é ajuntado. -- Manual for Canvassers, 67-69 (1902). CEv 144 2 Deve a colportagem difundir a luz -- Nesta época o trivial é louvado e engrandecido. Há uma procura por qualquer coisa que crie sensação e vendas avultadas. O país está inundado de publicações completamente imprestáveis, escritas com o fim de ganhar dinheiro, ao passo que livros realmente valiosos não se vendem nem se lêem. Os que manuseiam esta literatura sensacionalista, porque assim fazendo podem ganhar mais, estão perdendo uma preciosa oportunidade de fazer o bem. Precisam ser travadas batalhas, a fim de chamar a atenção de homens e mulheres, e interessá-los em livros realmente valiosos, que têm a Bíblia por base, e será ainda maior tarefa encontrar conscienciosos obreiros tementes a Deus que desejem entrar no campo para colportar com estes livros com o propósito de difundir luz. -- Testimonies for the Church 5:401, 402 (1885). ------------------------Capítulo 23 -- O trabalho ministerial de nossas revistas CEv 145 1 Apresentação da verdade por meio de nossos periódicos -- Publicam-se em nossas revistas benditas verdades bíblicas, capazes de salvar almas. Muitos há que podem auxiliar no trabalho de vender essas revistas. -- Testemunhos Selectos 3:313 (1909). CEv 145 2 Temos estado por assim dizer a dormir, relativamente à obra que pode ser efetuada pela circulação da literatura bem preparada. Preguemos agora a Palavra, com resoluta energia, pelo uso sábio de periódicos e livros, a fim de que o mundo compreenda a mensagem que Cristo deu a João na Ilha de Patmos. Testifique todo ser humano que professa o nome de Cristo: "O fim de todas as coisas está às portas; prepara-te para te encontrares com teu Deus." -- The Review and Herald, 30 de Julho de 1908. CEv 145 3 Proclamar a mensagem do terceiro anjo -- A grande e maravilhosa obra da última mensagem evangélica deve ser levada avante agora como nunca dantes. O mundo deve receber a luz da verdade por meio de um ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. Nossas publicações devem mostrar que o fim de todas as coisas está às portas. Pede-se-me que diga a nossas casas editoras: "Erguei a norma; erguei-a mais alto. Proclamai a terceira mensagem angélica, a fim de que ela possa ser ouvida por todo o mundo. Fazei ver que 'aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus'. Apocalipse 14:12. Que a nossa literatura proclame a mensagem, como um testemunho a todo o mundo." -- Ibidem. CEv 146 1 Assinaturas de revistas -- Cometeu-se um erro em angariar assinaturas de nossos periódicos para apenas umas poucas semanas, quando, por meio de um esforço apropriado, se poderiam conseguir assinaturas para prazo muito mais longo. Uma assinatura anual é de muito maior valor do que muitas por um curto tempo. Quando a assinatura é por apenas uns poucos meses, muitas vezes o interesse finda com o curto prazo da assinatura. Poucos renovam suas assinaturas por um período maior, e assim há um grande desperdício de tempo, que traz pequenos resultados, ao passo que, com um pouco mais de tato e perseverança, se poderiam obter assinaturas anuais. Tendes um alvo muito baixo, irmãos; sois muito limitados em vossos planos. Não pondes em vosso trabalho todo o tato e perseverança que ele merece. Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos de negócio; mas as lições que serão aprendidas, o tato e a disciplina que serão adquiridos, habilitar-vos-ão para outros campos de utilidade, onde podereis auxiliar as almas. Aqueles que insuficientemente aprendem sua lição e são descuidados e ásperos ao se aproximarem das pessoas, haveriam de manifestar os mesmos defeitos nas maneiras, a mesma falta de tato e de habilidade em lidar com os espíritos, se entrassem no ministério. CEv 146 2 Assinaturas por curto tempo, um erro -- Enquanto forem aceitas assinaturas para curto prazo, alguns não farão o esforço necessário para obter assinaturas para um prazo mais longo. Os colportores não devem passar pelo campo de modo descuidado e indiferente. Devem sentir que são obreiros de Deus, e o amor às almas deve levá-los a fazer todo esforço para iluminar homens e mulheres com respeito à verdade. A providência e a graça, os meios e os fins, estão intimamente relacionados. Quando Seus obreiros fazem o melhor que podem, Deus faz por eles aquilo que, por si mesmos, não podem fazer; mas ninguém deve esperar ter êxito independentemente e por seus próprios esforços. Precisa haver atividade unida a uma firme confiança em Deus. CEv 147 1 A economia é necessária em todo departamento da obra do Senhor. A natural inclinação da mocidade nesta época é negligenciar e desprezar a economia, e confundi-la com a avareza e a mesquinhez. Mas a economia é coerente com os pontos de vista e sentimentos mais francos e liberais; não pode haver verdadeira generosidade onde ela não é praticada. Ninguém deve pensar que o rebaixa estudar economia e os melhores meios de tomar cuidado com as migalhas. Cristo disse, depois de operar um notável milagre: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." -- Testimonies for the Church 5:399, 400 (1885). ------------------------Capítulo 24 -- O vasto alcance de influência de nossas publicações CEv 148 1 O poder da pena -- A pena é um poder nas mãos de homens que sentem a verdade a arder no altar de seu coração, e que têm por Deus um zelo inteligente, equilibrado com sadio discernimento. A pena, mergulhada na fonte da verdade pura, pode enviar aos escuros recantos da Terra raios de luz que refletirão em retorno, acrescentando novo poder e incrementando a luz a ser espalhada em todos os lugares. -- Life Sketches of Ellen G. White, 214 (1915). CEv 148 2 O prelo, instrumentalidade de Deus -- O prelo é um poderoso meio para impressionar a mente e o coração do povo. ... A imprensa é um poderoso instrumento que Deus determinou fosse combinado com as energias do pregador vivo, a fim de levar a verdade a toda nação, tribo, língua e povo. Muitos há que não poderiam ser atingidos de outra maneira qualquer. -- Vida e Ensinos, 225-227 (1922). CEv 148 3 O setor de publicações de nossa causa tem muito que ver com nosso poder. É meu desejo que esse setor realize tudo quanto o Senhor lhe tem designado. Se nossos homens associados a atividades de livros fizerem fielmente sua parte, eu sei, pela luz que me tem sido dada por Deus, que o conhecimento da verdade presente será dobrado e triplicado. -- Life Sketches of Ellen G. White, 446, 447 (1915). CEv 149 1 Influência de nossas publicações -- Foi-me mostrado que nossas publicações devem ser impressas em diferentes línguas e enviadas a todos os países civilizados, custe o que custar. Qual é o valor do dinheiro neste tempo, em comparação com o valor das almas?... CEv 149 2 Foi-me mostrado que a imprensa é poderosa para o bem ou para o mal. Esta agência pode atingir e influenciar o espírito do público como nenhum outro meio. A imprensa, dirigida por homens santificados por Deus, pode ser, de fato, um poder para o bem em levar homens ao conhecimento da verdade. ... CEv 149 3 Em outras terras -- Foi-me mostrado que as publicações já têm estado a operar em alguns espíritos em outros países, quebrando os muros do preconceito e da superstição. Mostraram-se-me homens e mulheres estudando com intenso interesse revistas e umas poucas páginas de folhetos sobre a verdade presente. Liam as evidências tão maravilhosas e novas para eles e abriam a Bíblia com um profundo e novo interesse, ao se tornarem claros os assuntos da verdade que antes lhes eram obscuros, especialmente a luz com relação ao sábado do quarto mandamento. Ao examinarem as Escrituras para ver se estas coisas eram assim, uma nova luz brilhava em seu entendimento, porque os anjos estavam adejando sobre eles e impressionando seu espírito com as verdades contidas nas publicações que haviam estado a ler. CEv 149 4 Examinando com oração e lágrimas -- Vi-os segurando revistas e folhetos com uma mão e com a outra a Bíblia, enquanto suas faces estavam úmidas de lágrimas, e ajoelhando-se diante de Deus em fervente e humilde oração, para serem guiados em toda a verdade -- exatamente o que Ele estivera fazendo por eles antes de O invocarem. E quando a verdade foi recebida em seu coração e viram sua harmoniosa cadeia, a Bíblia tornou-se para eles um novo livro; apertaram-na de encontro ao coração com grato regozijo e seu semblante estava radiante de felicidade e santo gozo. CEv 150 1 Estes não se satisfaziam com gozar só eles mesmos a luz, e começaram a trabalhar por outros. Alguns fizeram grandes sacrifícios por amor da verdade e para ajudar os irmãos que se achavam em trevas. O caminho está-se assim preparando para uma grande obra na distribuição de folhetos e revistas em outras línguas. -- Idem, 214, 215 (1915). CEv 150 2 Livros retirados das estantes -- É certo que alguns dos que compram os livros, os colocarão na estante ou na mesa da sala de visitas e raramente os olharão. Contudo Deus tem cuidado de Sua verdade, e virá o tempo em que esses livros serão procurados e lidos. A doença ou o infortúnio pode entrar no lar, e por meio da verdade contida nos livros Deus envia aos corações turbados paz, e esperança, e descanso. Seu amor lhes é revelado, e eles compreendem a preciosidade do perdão de seus pecados. Assim o Senhor coopera com Seus abnegados obreiros. -- Testemunhos Selectos 2:532 (1900). CEv 150 3 Almas levadas a Cristo -- Nossas publicações estão agora semeando a semente do evangelho, e são instrumentos em levar a Cristo tantas almas quanto a palavra pregada. Igrejas inteiras têm sido levantadas como resultado de sua circulação. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. CEv 151 1 Até os fragmentos são preciosos -- Devemos tratar como um sagrado tesouro cada linha de matéria impressa que contém a verdade presente. Todo fragmento de um folheto ou de uma revista deve ser considerado como de valor. Quem pode estimar a influência que uma página arrancada, contendo as verdades da mensagem do terceiro anjo, pode ter sobre o coração de algum pesquisador da verdade? Lembremo-nos de que alguém poderia encontrar gozo em ler todos os livros e revistas que pudermos guardar. Cada página é um raio de luz do Céu a brilhar nos caminhos e sebes, iluminando a trilha da verdade. CEv 151 2 No milagre de alimentação da multidão com uns poucos pães e peixes, o alimento foi multiplicado ao passar de Cristo aos que o recebiam. Assim será na distribuição de nossas publicações. A verdade de Deus, ao ser transmitida, multiplicar-se-á grandemente. E como os discípulos, pela direção de Cristo, juntaram o que sobejou para que nada se perdesse, devemos nós entesourar cada fragmento de literatura que contenha a verdade para este tempo. -- Idem, 27 de Agosto de 1903. CEv 151 3 Um milhar num dia -- Deus fará logo grandes coisas por nós, se nos achegarmos humildes e crentes a Seus pés. ... Mais de um milhar serão logo convertidos em um dia, a maioria dos quais atribuirá suas primeiras convicções à leitura de nossas publicações. -- Idem, 10 de Novembro de 1885. CEv 151 4 Quando a advertência final for dada -- Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes. Satanás também opera com prodígios de mentira, fazendo mesmo descer fogo do céu, à vista dos homens. Assim os habitantes da Terra serão levados a decidir-se. CEv 152 1 A mensagem há de ser levada não tanto por argumentos como pela convicção profunda do Espírito de Deus. Os argumentos foram apresentados. A semente foi semeada e agora brotará e frutificará. As publicações distribuídas pelos missionários têm exercido sua influência; todavia, muitos que ficaram impressionados, foram impedidos de compreender completamente a verdade, ou de lhe prestar obediência. Agora os raios de luz penetram por toda parte, a verdade é vista em sua clareza. ... Grande número se coloca ao lado do Senhor. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 612 (1888). CEv 152 2 O plano de Deus para a proclamação da mensagem -- A nós como um povo Deus tem dado grande luz, e Ele nos ordena deixar brilhar nossa luz aos que estão em trevas. Por nosso intermédio deve ser dada ao mundo a luz, o poder de uma verdade viva. De nós deve fulgir aos que estão nas trevas uma luz firme e clara, mantida viva pelo poder de Deus. Somos encarregados de usar a luz a nós dada, para que outras luzes sejam criadas, a fim de que nossos semelhantes rejubilem na verdade. Não desconsideremos o encargo. Suponde que o Sol recuse brilhar, e que terrível confusão e trevas não resultariam! Para nós, recusar que nossa luz brilhe aos que estão em trevas, significa contrair uma culpa cuja magnitude não pode ser medida. ... CEv 152 3 "O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida." CEv 153 1 Essas palavras esboçam o plano de Deus para a promulgação do evangelho. Suas instrumentalidades, divinas e humanas, estão unidas no esforço de salvar os perdidos. Essas almas devem ser libertadas do cativeiro do pecado. Deus convida os que Lhe tomaram o nome, a obedecerem a Suas ordens. Todos são chamados a tomar parte em Sua obra. ... CEv 153 2 Poder transformador da verdade -- É por meio da transformadora influência da graça divina no coração humano que o poder da Palavra de verdade é revelado. A mensagem, proclamada em regiões em que ainda não foi ouvida, faz impressão nos corações. Parece ter muito maior poder em transformar o caráter do que quando apresentada aos que estão familiarizados com sua obra. A verdade tem pouco poder sobre o coração dos que andam contrariamente a ela por conveniência própria -- os que seguem um procedimento oposto a seus princípios. Tais pessoas professam crer na Palavra de Deus, mas não dão nenhuma evidência de que são santificados por ela. CEv 153 3 A verdade deve tomar posse da vontade daqueles que nunca antes a ouviram. Eles verão a malignidade do pecado e seu arrependimento será completo e sincero. O Senhor operará em corações que no passado não foram comovidos, corações que anteriormente não viram a enormidade do pecado. CEv 153 4 Cristo é o único antagonista bem-sucedido que o pecado já encontrou. Permite que toda a luz de Sua vida reine na alma daqueles que estão em trevas. Sob o direto poder do evangelho, milhares de pessoas têm-se convertido num dia. CEv 153 5 Quando um pecador se torna sensível ao fato de que unicamente por intermédio de Cristo pode ele ganhar a vida eterna; quando ele sente que a obediência à Palavra de Deus é a condição de entrada no reino de Deus; quando vê a Cristo como a propiciação pelo pecado, vem ao Salvador em humildade e contrição, confessando seus pecados e buscando perdão. Sua alma é impressionada com um sentimento da majestade e glória de Deus. A bênção de uma eterna vida de paz, e gozo, e pureza é sentida tão profundamente, que é feita uma entrega completa. CEv 154 1 Sou instruída a dizer que alguns que, exteriormente parecem os mais inteiramente dados ao pecado, hão de, quando a luz chamejar na alma, tornar-se os mais bem-sucedidos obreiros em lugares onde há tais pecadores quais eles mesmos eram outrora. CEv 154 2 Escrito para os colportores -- Escrevo isto porque aqueles que estão empenhados na colportagem e no trabalho de casa em casa muitas vezes encontram homens e mulheres rústicos e repulsivos na aparência exterior, mas que, ganhos para a verdade, estarão entre seus mais leais e zelosos adeptos. O espírito da verdade é, certamente, de valor em qualquer igreja. Aqueles a quem o Senhor usa podem nem sempre ter polimento exterior, mas se têm integridade de caráter, o Senhor os tem por preciosos. CEv 154 3 A obra de Deus deve tomar vulto ao aproximar-se o fim -- Ao se aproximar o fim, a obra de Deus deve aumentar em completa força, e pureza, e santidade. Os obreiros devem ser cheios de amor a Deus e uns aos outros. Devem cultivar princípios da mais estrita integridade. Se eles ferirem a verdadeira nota tônica, Deus Se revelará como um Deus de misericórdia e amor. Anjos do Céu aproximar-se-ão dos membros da igreja na Terra para auxiliá-los em sua necessidade. Lembremo-nos sempre de que somos cooperadores de Deus. Nesta união celestial, levaremos avante Sua obra com perfeição, com cântico e regozijo. Em toda alma se acenderá o fogo do santo zelo. Grupo após grupo deixará o negro estandarte do inimigo para vir ao socorro do Senhor, ao socorro do Senhor com os valorosos. CEv 155 1 Devem os obreiros ganhar mais profunda experiência -- Os obreiros de Deus precisam adquirir uma experiência muito mais profunda. Se a Ele entregarem tudo, Ele operará poderosamente por eles. Hastearão o estandarte da verdade sobre fortalezas até então retidas por Satanás e, com exclamações de vitória, tomarão posse delas. Levam as cicatrizes da batalha, mas a eles vem a confortadora mensagem de que o Senhor os guiará vitoriosos e para vencer. CEv 155 2 Quando os servos de Deus, com consagrado zelo, cooperarem com os instrumentos divinos, o estado de coisas que existe no mundo se mudará e logo a Terra, com gozo, receberá seu Rei. Então "os entendidos pois resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas para sempre e eternamente". -- The Review and Herald, 17 de Setembro de 1903. ------------------------A Recompensa do Colportor CEv 156 1 Quando os redimidos estiverem perante Deus, responderão ao chamado preciosas almas que ali estão por causa dos fervorosos e perseverantes esforços feitos em seu benefício, e das súplicas e intensa persuasão para que fujam para a Fortaleza. Dessa forma, os que neste mundo têm estado a cooperar com Deus, receberão a sua recompensa. -- Conselhos Sobre Saúde, 357. CEv 156 2 Qual não há de ser a gratidão das almas que nos encontrem nas cortes celestiais, ao compreenderem o interesse cheio de simpatia e amor manifestado em sua salvação! Todo louvor, honra e glória serão dados a Deus e ao Cordeiro pela nossa redenção; mas não diminuirá a glória de Deus o exprimir reconhecimento para com o instrumento por Ele empregado na salvação de almas prestes a perecer. CEv 156 3 Os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que ditosas conversas hão de eles ter com essas almas! "Eu era pecador", dir-se-á, "sem Deus e sem esperança no mundo; e tu te aproximaste de mim, e atraíste minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança." ... CEv 156 4 Que regozijo há de haver quando esses remidos se encontrarem com os que se preocuparam em seu favor, e os saudarem! -- Obreiros Evangélicos, 518, 519. ------------------------Conselhos para a Igreja CI 7 1 Introdução -- O dom profético e Ellen G. White CI 32 1 Capítulo 1 -- Uma visão acerca da recompensa dos fiéis CI 36 1 Capítulo 2 -- O tempo do fim CI 40 1 Capítulo 3 -- Como preparar-se para o encontro com o Senhor CI 42 1 Capítulo 4 -- União com Cristo e com os amados irmãos CI 46 1 Capítulo 5 -- Cristo nossa justiça CI 49 1 Capítulo 6 -- Vida santificada CI 58 1 Capítulo 7 -- Deus tem uma missão para você CI 65 1 Capítulo 8 -- "Eis-me aqui, envia-me a mim" CI 73 1 Capítulo 9 -- As publicações da igreja CI 75 1 Capítulo 10 -- A fé num Deus pessoal CI 79 1 Capítulo 11 -- O cristão é um representante de Deus CI 84 1 Capítulo 12 -- No mundo, mas não do mundo CI 87 1 Capítulo 13 -- A Bíblia CI 92 1 Capítulo 14 -- Testemunhos para a igreja CI 99 1 Capítulo 15 -- O Espírito Santo CI 103 1 Capítulo 16 -- Manter desobstruída a conexão com Deus CI 109 1 Capítulo 17 -- Pureza no coração e nos hábitos de vida CI 115 1 Capítulo 18 -- A escolha de um marido ou esposa CI 123 1 Capítulo 19 -- Não se case com um descrente CI 128 1 Capítulo 20 -- Casamento CI 132 1 Capítulo 21 -- Sucesso e felicidade ao educar os filhos CI 136 1 Capítulo 22 -- O relacionamento entre marido e esposa CI 141 1 Capítulo 23 -- A mãe e seus filhos CI 146 1 Capítulo 24 -- Pais cristãos CI 151 1 Capítulo 25 -- O lar cristão CI 154 1 Capítulo 26 -- Influência espiritual no lar CI 157 1 Capítulo 27 -- Economia no lar CI 161 1 Capítulo 28 -- Atividades familiares nos feriados e aniversários CI 163 1 Capítulo 29 -- Recreação adequada CI 169 1 Capítulo 30 -- As portas que precisamos guardar CI 171 1 Capítulo 31 -- A escolha da leitura CI 175 1 Capítulo 32 -- Música CI 177 1 Capítulo 33 -- A crítica e seus efeitos CI 183 1 Capítulo 34 -- Conselho a respeito do vestuário CI 187 1 Capítulo 35 -- Um apelo aos jovens CI 193 1 Capítulo 36 -- A melhor disciplina e a educação de nossos filhos CI 206 1 Capítulo 37 -- Educação cristã CI 218 1 Capítulo 38 -- Apelo por um viver saudável CI 222 1 Capítulo 39 -- A importância da higiene CI 225 1 Capítulo 40 -- A escolha dos alimentos CI 232 1 Capítulo 41 -- O consumo de carne CI 237 1 Capítulo 42 -- Fidelidade na reforma do regime alimentar CI 244 1 Capítulo 43 -- A igreja na terra CI 248 1 Capítulo 44 -- A organização da igreja CI 254 1 Capítulo 45 -- A casa de Deus CI 259 1 Capítulo 46 -- Cuidando dos que erram CI 266 1 Capítulo 47 -- A observância do santo Sábado do Senhor CI 278 1 Capítulo 48 -- Conselhos sobre mordomia CI 290 1 Capítulo 49 -- Atitude cristã diante da miséria e do sofrimento CI 294 1 Capítulo 50 -- Cristãos de todo o mundo unidos em Cristo CI 299 1 Capítulo 51 -- A reunião de oração CI 302 1 Capítulo 52 -- O batismo CI 305 1 Capítulo 53 -- A ceia do Senhor CI 310 1 Capítulo 54 -- Oração pelos doentes CI 315 1 Capítulo 55 -- A obra médica CI 320 1 Capítulo 56 -- Relações com pessoas que têm outros interesses CI 322 1 Capítulo 57 -- Relações com as autoridades CI 328 1 Capítulo 58 -- A obra enganadora de Satanás CI 331 1 Capítulo 59 -- O moderno disfarce luminoso de Satanás CI 338 1 Capítulo 60 -- Prodígios de mentira CI 342 1 Capítulo 61 -- A crise vindoura CI 347 1 Capítulo 62 -- O tempo da provação CI 351 1 Capítulo 63 -- O que não pode ser esquecido CI 356 1 Capítulo 64 -- Cristo nosso grande sumo sacerdote CI 359 1 Capítulo 65 -- Josué e o anjo CI 364 1 Capítulo 66 -- "Eis que venho sem demora" ------------------------Introdução -- O dom profético e Ellen G. White CI 7 1 Preparando-se para o encontro com Cristo -- Todos os adventistas do sétimo dia aguardam ansiosamente o tempo em que Jesus virá, para levá-los ao lar celestial que foi preparar para eles. Naquela terra maravilhosa, não haverá mais pecado, decepções, fome, pobreza, doenças e morte. Quando o apóstolo João contemplou os privilégios que esperam os fiéis, exclamou: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus [...] Agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-Lo como Ele é". 1 João 3:1, 2. CI 7 2 O objetivo de Deus para Seu povo é torná-lo semelhante a Jesus no caráter. Desde o início era plano de Deus que os membros da família humana, criados à Sua imagem, desenvolvessem caracteres semelhantes ao Seu. Para cumprir esse propósito, nossos primeiros pais no Éden recebiam instruções diretamente de Cristo e dos anjos. Mas após Adão e Eva pecarem, eles não mais puderam falar livremente com os seres celestiais dessa maneira. CI 7 3 A fim de a família humana não ser deixada sem guia, Deus escolheu outros meios de revelar Sua vontade a Seu povo; um deles era por intermédio dos profetas. Deus disse a Israel: "Então, disse: Ouvi, agora, as Minhas palavras; se entre vós há profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele, Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos". Números 12:6. CI 7 4 É propósito divino que Seu povo seja informado e iluminado, conhecendo e compreendendo não apenas os tempos em que vive, mas também o futuro. "Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas". Amós 3:7. Isso diferencia o povo de Deus, os "filhos da luz" (1 Tessalonicenses 5:5), do povo do mundo. CI 7 5 A obra do profeta inclui muito mais do que apenas fazer predições. Moisés, o profeta de Deus que escreveu seis livros da Bíblia, escreveu muito pouco acerca do que aconteceria no futuro. Sua obra é descrita por Oséias em seu mais amplo sentido: "Mas o Senhor, por meio de um profeta, fez subir a Israel do Egito e, por um profeta, foi ele guardado". Oséias 12:13. CI 8 1 O profeta não é alguém designado por seus semelhantes, nem nomeia a si mesmo. A escolha de uma pessoa para ser profeta é inteiramente da alçada divina. Homens e mulheres têm, de tempos em tempos, sido escolhidos por Deus para falar por Ele. CI 8 2 Esses profetas, homens e mulheres escolhidos por Deus como canais de comunicação, falaram e escreveram aquilo que Deus lhes revelara em santa visão. A preciosa Palavra de Deus inclui suas mensagens. Através desses profetas, os membros da família humana têm sido levados à compreensão do conflito que se desenrola, a guerra entre Cristo e Seus anjos e Satanás e seus anjos. Recebemos entendimento acerca desse combate nos dias finais da história terrestre, e dos meios providos por Deus para cuidar de Sua obra e aperfeiçoar o caráter de Seu povo. CI 8 3 Os apóstolos, os últimos escritores da Bíblia, nos deram um quadro claro dos eventos dos últimos dias. Paulo escreveu acerca dos "tempos perigosos", e Pedro advertiu sobre os escarnecedores que andam segundo suas próprias concupiscências, perguntando: "Onde está a promessa de Sua vinda?" A igreja, nesse tempo, estará em guerra, pois João viu a Satanás "pelejar com os restantes da sua descendência" O apóstolo João identificou os membros da igreja dos últimos dias, "a igreja remanescente", como aqueles que "guardam os mandamentos de Deus" (Apocalipse 12:17), considerando-os como a igreja guardadora dos mandamentos. Essa igreja remanescente também teria "o testemunho de Jesus", que é "o espírito de profecia". Apocalipse 19:10. Paulo declarou que a igreja que está esperando ansiosamente a volta de Cristo, não ficaria privada de nenhum dom. 1 Coríntios 1:7, 8. Ela seria abençoada com o dom do testemunho de Cristo. CI 8 4 Está claro, então, que no plano de Deus a igreja dos últimos dias teria em seu meio, quando viesse à existência, o Espírito de Profecia. Quão lógico é que Deus falasse a Seu povo nos últimos dias da história terrestre, assim como o fez com Seu povo em tempos de necessidade especial nos séculos passados. CI 8 5 Quando essa igreja da profecia -- a Igreja Adventista do Sétimo Dia -- viesse à existência, em meados do século dezenove, uma voz seria ouvida entre nós, dizendo: "Deus me mostrou em santa visão." Essas palavras não eram jactanciosas, mas a expressão de uma mocinha de 17 anos que havia sido chamada para falar em nome de Deus. Durante setenta anos de fiel ministério, essa voz foi ouvida guiando, corrigindo, instruindo. E é ouvida ainda hoje através de milhares de páginas escritas pela mensageira escolhida do Senhor, Ellen G. White. CI 8 6 A visão do Grande Conflito entre Cristo e Satanás -- Um pequeno prédio escolar de uma vila da região oriental da América do Norte estava lotado de homens e mulheres que, numa tarde de domingo, em meados de Março de 1858, haviam-se reunido para uma cerimônia. O Pr. Tiago White oficiou a cerimônia fúnebre de um jovem e pregou um sermão. Quando ele terminou de falar, a Sra. White sentiu-se impressionada a dizer umas poucas palavras aos enlutados. Ela se levantou e falou por um ou dois minutos e então fez uma pausa. O povo a olhava para captar as próximas palavras de seus lábios. Nesse momento, as pessoas ficaram um pouco sobressaltadas com a exclamação de "Glória a Deus!", repetida por três vezes com crescente ênfase. A Sra. White estava em visão. CI 9 1 O Pr. White falou ao povo acerca das visões da Sra. White. Ele explicou que as visões lhe haviam sido dadas desde que ela era uma jovenzinha de dezessete anos. Disse-lhes que, embora seus olhos estivessem abertos e parecesse que contemplava alguma coisa à distância, ela estava totalmente inconsciente do que se passava ao seu redor e nada sabia do que lhe estava sucedendo. Ele se referiu a (Números 24:4, 16), onde lemos de alguém "que ouve os ditos de Deus, o que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos". CI 9 2 Ele explicou às pessoas que sua esposa não respirava enquanto em visão. Então, se voltou para (Daniel 10:17) e leu a experiência do profeta em visão: "Porque, quanto a mim, não me resta já força alguma, nem fôlego ficou em mim." O Pr. White, em seguida, convidou àqueles que quisessem para vir adiante e examinar a Sra. White. Ele sempre permitia tais exames e ficava feliz quando havia um médico presente para examiná-la durante a visão. CI 9 3 Quando as pessoas chegavam perto, viam que a Sra. White não respirava, todavia, seu coração continuava batendo normalmente e a cor de sua face era natural. Foi trazido um espelho e colocado diante de seu rosto, mas nenhuma umidade acumulou-se em sua superfície. Então trouxeram uma vela, acenderam-na e a puseram bem perto de seu nariz e boca. Mas a chama continuava ereta, sem qualquer oscilação. As pessoas podiam ver que ela não respirava. Ellen andava pela sala, movimentando graciosamente seus braços enquanto proferia breves exclamações acerca do que lhe estava sendo revelado. Como Daniel, ela primeiramente sofria a perda da força natural; então, era-lhe concedido poder sobrenatural. Daniel 10:7, 8, 18, 19. CI 9 4 Durante duas horas a Sra. White permaneceu em visão. Em duas horas ela não respirou. Então, quando a visão chegou ao fim, ela tomou uma profunda inspiração, deteve-se por cerca de um minuto, inspirou novamente e logo estava respirando com toda a naturalidade. Ao mesmo tempo, ela começou a reconhecer o ambiente, tornando-se consciente do que ocorria ao seu redor. CI 9 5 Alguém que via freqüentemente a Sra. White em visão, a Sra. Martha Amadon, fez a seguinte descrição: CI 9 6 "Em visão, seus olhos ficavam abertos. Não havia respiração, observavam-se, porém, graciosos movimentos dos ombros, dos braços, das mãos, que expressavam aquilo que ela via. Era impossível para qualquer pessoa impedir os movimentos de suas mãos e braços. Ela repetidamente proferia apenas palavras ou articulava frases que transmitiam a natureza da visão que estava tendo, quer do Céu quer da Terra. CI 10 1 "Sua primeira palavra em visão era 'Glória", soando, no princípio, muito próxima, e então diminuindo pouco a pouco, parecendo mui distante. Isso se repetia algumas vezes. [...] CI 10 2 "As pessoas presentes não eram afetadas pela visão; nada causava temor. A cena era solene e calma. [...] CI 10 3 "Quando a visão chegava ao fim e ela perdia de vista a luz celestial, retornando, por assim dizer, à Terra, exclamava com um longo suspiro ao retomar sua respiração natural: 'E-S-C-U-R-I-D-Ã-O'. Então, mostrava-se abatida e sem forças." CI 10 4 Mas precisamos retornar à nossa história da visão de duas horas no edifício da escola. Posteriormente, a Sra. White escreveu sobre essa visão: CI 10 5 "Muito do que eu havia visto dez anos antes, com referência ao grande conflito dos séculos entre Cristo e Satanás, foi repetido e fui instruída a escrever." CI 10 6 Pareceu-lhe, na visão, estar presente e testemunhando as cenas que surgiam diante dela. Era como se estivesse no Céu, onde assistiu à queda de Lúcifer. Então, observou a criação do mundo e viu nossos primeiros pais em seu lar edênico. Viu-os ceder às sugestões da serpente e perder seu lar paradisíaco. Em rápida sucessão ela contemplou o desenrolar da história bíblica. Testemunhou a experiência dos patriarcas e profetas de Israel, a vida e morte de nosso Salvador Jesus Cristo e Sua ascensão ao Céu, onde está ministrando como nosso Sumo Sacerdote desde então. CI 10 7 Depois viu os discípulos saindo para espalhar a mensagem do evangelho até os confins da Terra. Rapidamente passou diante dela a apostasia e a Idade Escura. Então viu a obra da Reforma, onde homens e mulheres nobres, com risco da própria vida, defenderam a verdade. Daí a Sra. White foi levada às cenas do Juízo que se iniciou no Céu em 1844, prosseguindo até nossos dias. Foi, em seguida, transportada para o futuro e contemplou a vinda de Cristo nas nuvens dos céus. Testemunhou as cenas do milênio e a Terra renovada. CI 10 8 Com essas claras apresentações diante de si, a Sra. White, após retornar à sua casa, dedicou-se a escrever o que havia visto e ouvido durante a visão. Cerca de seis meses mais tarde, um pequeno volume de 219 páginas saiu do prelo com o título O Grande Conflito Entre Cristo e Seus Anjos e Satanás e Seus Anjos. CI 10 9 Esse livro foi recebido com entusiasmo, pois retratava vividamente a experiência que estava diante da igreja e desmascarava os planos de Satanás, expondo a maneira pela qual ele tenta iludir a Igreja e o mundo com vistas ao último conflito terreno. Quão gratos a Deus ficaram os adventistas porque Deus lhes estava falando através do Espírito de Profecia, justamente como tinha prometido fazer. CI 11 1 A narrativa do grande conflito, feita de forma resumida no pequeno volume Spiritual Gifts (Dons Espirituais), foi mais tarde republicada na segunda parte do livro Primeiros Escritos, o que ainda hoje pode ser visto nessa obra. CI 11 2 Mas como a Igreja cresceu e o tempo passou, o Senhor, em muitas visões posteriores, ampliou a história do grande conflito e lhe acrescentou maiores detalhes, e a Sra. White o reescreveu entre 1870 e 1884, em quatro volumes, com o título The Spirit of Prophecy (O Espírito de Profecia). O livro A História da Redenção apresenta as mais importantes partes do grande conflito, extraídas desses livros. Esse volume, publicado em muitos idiomas, revela às pessoas o que foi mostrado nas visões do grande conflito. Mais tarde, nos cinco volumes da série "Conflito dos Séculos" (Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos e o Grande Conflito), a Sra. White apresentou em minuciosos detalhes toda a história do conflito entre o bem e o mal. CI 11 3 Esses volumes, que acompanham a narrativa bíblica desde a criação até a era cristã e daí até o final dos tempos, trazem grande luz e encorajamento. São obras que têm ajudado os adventistas do sétimo a se tornarem "filhos da luz" e "filhos do dia". Vemos nessa experiência o cumprimento da promessa: "Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas". Amós 3:7. CI 11 4 Escrevendo sobre como a luz chegou até ela, a Sra. White disse: "Mediante a iluminação do Espírito Santo, as cenas do prolongado conflito entre o bem e o mal têm sido abertas à autora dessas páginas. De tempos em tempos, me tem sido permitido contemplar o desenrolar, nas diferentes épocas, do grande conflito entre Cristo, o Príncipe da Vida, o Autor de nossa salvação, e Satanás, o príncipe do mal, o autor do pecado, o primeiro transgressor da Santa Lei de Deus. [...] À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdades de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecido a outros o que assim fora revelado, delineando a história do conflito nas eras passadas, e especialmente apresentando-a de tal maneira a lançar luz sobre a luta do futuro, em rápida aproximação." CI 11 5 Como a luz era dada ao profeta -- Na experiência passada dos filhos de Deus, como temos visto, o Senhor disse a Seu povo como Ele Se comunicava com eles através dos profetas. "Se entre vós há profeta, eu, o Senhor, em visão a ele Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos". Números 12:6. CI 11 6 Dissemos anteriormente que a visão de 1858 sobre o grande conflito foi acompanhada de certos fenômenos físicos. Alguém poderia logicamente perguntar por que as visões eram dadas dessa maneira. Indubitavelmente, era para estabelecer a confiança do povo e garantir-lhes que o Senhor estava falando ao profeta. Não era comum a Sra. White referir-se detalhadamente à sua condição enquanto em visão, mas em certa ocasião ela disse: "Essas mensagens nos foram dadas para confirmar a fé de todos, para que possamos ter confiança do Espírito de Profecia nestes últimos dias." CI 12 1 À medida que a obra da Sra. White se desenvolveu, ela pôde ser testada quanto aos seus resultados. "Por seus frutos os conhecereis." Mas leva tempo para o fruto se desenvolver e o Senhor, no início, deu evidências vinculadas à concessão das visões, que ajudaram o povo a crer. CI 12 2 Entretanto nem todas as visões foram dadas em público, acompanhadas por notáveis fenômenos físicos. O Senhor prometeu comunicar-Se com os profetas também através de sonhos. Números 12:16. Eram sonhos proféticos tais como os que Daniel teve. Ele declarou: "No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, teve Daniel um sonho e visões ante seus olhos, quando estava no seu leito; escreveu logo o sonho e relatou a suma de todas as coisas". Daniel 7:1. CI 12 3 Ao contar sobre o que lhe foi revelado, Daniel disse muitas: "Eu vi em visões da noite". De modo semelhante, na experiência de Ellen White, as visões lhe foram dadas quando sua mente estava em repouso durante as horas da noite. Seus escritos freqüentemente fazem a declaração introdutória: "Nas visões da noite algumas coisas me foram claramente apresentadas." Repetidamente Deus falou ao profeta mediante sonhos proféticos. Podem surgir questões concernentes ao relacionamento entre um sonho profético ou uma visão noturna e um sonho comum. Em 1868, a Sra. White escreveu a respeito: CI 12 4 "Há muitos sonhos que derivam dos fatos ordinários da vida, e com os quais o Espírito de Deus nada tem que ver. Há também sonhos falsos, como há falsas visões, que são inspirados pelo espírito de Satanás. Os sonhos do Senhor, porém, são classificados em Sua Palavra no mesmo nível que as visões, e são, como estas, o fruto do Espírito de Profecia. Esses sonhos, se forem levadas em conta as pessoas que os tiveram e as circunstâncias em que foram dados, trazem em si mesmos a prova de sua autenticidade." CI 12 5 Certa vez, quando a Sra. White já estava bem idosa, seu filho, o Pr. W. C. White, procurando dados para ajudar aqueles que estavam menos informados, fez-lhe uma pergunta: "Mamãe, a senhora tem falado seguidas vezes sobre assuntos que lhe foram revelados à noite. A senhora fala de sonhos nos quais a luz é derramada. Nós todos sonhamos. Como a senhora sabe que Deus lhe está falando por meio de um sonho?" CI 12 6 Ela respondeu: "Porque o mesmo anjo mensageiro que fica a meu lado instruindo-me sobre as visões da noite, também está comigo falando-me nas visões do dia." O ser celestial referido era, outras vezes, chamado de "o anjo", "meu guia", "meu instrutor", etc. CI 13 1 Não havia qualquer confusão na mente do profeta, nenhuma questão referente à revelação dada durante as horas da noite, pois as circunstâncias que a cercavam tornavam claro que era uma instrução vinda de Deus. CI 13 2 Outras vezes, as visões foram dadas enquanto a Sra. White estava orando, falando ou escrevendo, sem nenhum aviso prévio, a não ser uma breve pausa se ela estivesse falando ou orando publicamente. Ela escreveu certa vez: CI 13 3 "Enquanto em fervorosa oração, perdi a noção de tudo o que se passava ao meu redor: o ambiente se encheu de luz e ouvi uma mensagem dirigida a uma assembléia que parecia ser a da Associação Geral." CI 13 4 Das muitas visões dadas à Sra. White durante seu extenso ministério de setenta anos, a mais longa durou quatro horas e a mais curta apenas um breve momento. Freqüentemente elas duravam meia hora ou um pouco mais. Porém, não se pode estabelecer uma regra que se aplique a todas as visões, por isso Paulo escreveu: "Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas [...]". Hebreus 1:1. CI 13 5 A luz era dada ao profeta mediante visões, mas ele não as escrevia enquanto em transe. Sua obra não era de cunho mecânico. Exceto em raras ocasiões, o Senhor não lhe dava as palavras exatas a empregar, nem o anjo guiava a mão do profeta para registrá-las. Com sua mente iluminada pelas visões, o profeta falava ou escrevia as palavras que comunicavam luz e instrução ao povo, de forma oral ou escrita. CI 13 6 Podemos perguntar como a mente do profeta era iluminada, como ele obtinha a informação e instrução que devia comunicar ao povo? Assim como nenhuma regra pode ser estabelecida para a concessão das visões, da mesma forma nenhuma norma pode ser fixada para orientar a maneira como o profeta recebe a mensagem inspirada. No entanto, em cada caso havia uma experiência real que fazia indelével impressão na mente do profeta. Do mesmo modo que o que vemos e experimentamos faz impressão mais profunda em nossa mente do que aquilo que ouvimos, assim também as representações aos profetas, nas quais eles pareciam testemunhar acontecimentos dramáticos, realizam impressões mais duradouras e profundas em seu pensamento. A Sra. White escreveu: "Minha atenção é frequentemente dirigida a cenas que ocorrem na Terra. Às vezes sou levada para o futuro distante e me é mostrado o que vai acontecer. Então, mais uma vez, são-me reveladas coisas que aconteceram no passado." CI 13 7 Disso se torna evidente que Ellen White via esses eventos ocorrerem como se fosse uma testemunha ocular. Eles eram reapresentados a ela em visão e assim causavam profunda impressão em sua mente. CI 13 8 Outras vezes parecia-lhe estar verdadeiramente tomando parte na cena apresentada, parecendo-lhe sentir, ver, ouvir e atender, quando, em realidade, não o estava; mas sua mente era profunda e indelevelmente impressionada. Sua primeira visão (apresentada no próximo capítulo deste livro) é um exemplo disso. CI 14 1 Noutras ocasiões, enquanto em visão, a Sra. White parecia estar presente a reuniões, em casas ou instituições localizadas em lugares distantes. Tão vívida era essa sensação de presença em tais encontros, que ela poderia relatar em detalhes as ações e palavras ditas por várias pessoas. Certa vez, enquanto em visão, Ellen White teve a sensação de estar sendo levada para uma visita a uma de nossas instituições médicas, passando por quartos e vendo tudo o que ocorria. Sobre essa experiência, ela escreveu: CI 14 2 "As conversas frívolas, o gesticular leviano e o riso sem sentido feriam dolorosamente o ouvido [...] Fiquei atônita ao ver a complacência com os ciúmes, e ouvi palavras invejosas, conversas inadequadas que fariam corar os anjos de Deus." CI 14 3 Depois foram mostradas condições mais agradáveis na mesma instituição. Ela foi conduzida a quartos "dos quais provinha uma voz de oração. Que som bem-vindo!" Uma mensagem de instrução foi redigida com base nessa visita à instituição, e nas palavras do anjo que parecia guiá-la através dos diferentes departamentos e quartos. CI 14 4 Com freqüência, era enviada luz à Sra. White em vívidas representações simbólicas. Uma delas é claramente descrita nas seguintes sentenças extraídas de uma mensagem pessoal enviada a um destacado obreiro que era visto como estando em perigo: CI 14 5 "Certa ocasião, você me foi representado como um general montado num cavalo e empunhando uma bandeira. Alguém veio e tomou a bandeira de suas mãos, a qual trazia o lema: 'Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus', e que estava sendo pisoteada. Vi você cercado por homens que o estavam prendendo ao mundo." CI 14 6 Houve circunstâncias também em que visões diferenciadas e contrastantes eram apresentadas à Sra. White -- uma ilustrando o que ocorreria se certos planos ou políticas fossem seguidos e, em outra visão, os resultados de outros planos e políticas. Uma excelente ilustração a respeito pode ser encontrada na referência à localização da fábrica de alimentos saudáveis em Loma Linda, na região oeste dos Estados Unidos. O diretor e seus assessores estavam planejando construir um grande edifício próximo aos prédios principais do sanatório. Enquanto os planos eram preparados, a Sra. White, a quilômetros de distância, teve duas visões numa só noite. A respeito da primeira visão, ela conta: CI 14 7 "Foi-me mostrado um grande edifício onde muitos alimentos eram preparados. Havia também prédios menores próximos à padaria. Ali ouvi altas vozes discutindo o trabalho que estava sendo feito. Não houve acordo entre os obreiros e a confusão se instalou." CI 14 8 Então ela observou um aflito diretor em suas tentativas de arrazoar com os obreiros em busca de harmonia, e que os pacientes ouviram por acaso essas disputas e "lamentavam que uma fábrica de alimentos devesse ser estabelecida naqueles belos terrenos", tão próxima do hospital. "Então apareceu Alguém em cena e disse: 'Tudo isso está acontecendo a fim de dar a vocês uma lição objetiva, para que possam ver o resultado da implementação de certos projetos." CI 15 1 Em seguida mudou-se a cena e ela viu a fábrica de alimentos a "certa distância do sanatório, na estrada que dava para a via férrea". Ali os trabalhos eram dirigidos de maneira humilde e em harmonia com os planos divinos. Poucas horas após a visão, a Sra. White estava escrevendo aos obreiros de Loma Linda, e isso liquidou a questão sobre o local onde a fábrica de alimentos deveria ser construída. Houvesse o plano original sido executado, teríamos tido sérios problemas em anos posteriores, com um enorme edifício comercial vizinho ao sanatório. Assim se pode ver que, de variadas maneiras, a mensageira do Senhor recebeu informação e instrução através de visões diurnas e noturnas. CI 15 2 Através da iluminação da mente o profeta falava ou escrevia, dando a mensagem de instrução e informação ao povo. Nesse trabalho, a Sra. White era auxiliada pelo Espírito do Senhor, mas não havia controle mecânico. Ela era deixada livre para escolher as palavras com que transmitir a mensagem. Nos primeiros anos de seu ministério, ela declarou: CI 15 3 "Se bem que eu seja tão dependente do Espírito do Senhor ao escrever minhas visões como ao recebê-las, todavia as palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas mesmo, a menos que sejam as que me foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas." CI 15 4 Como os escritores bíblicos, a Sra. White às vezes preferia, sob a direção do Espírito Santo, escolher a linguagem de outros autores, especialmente quando apreciava seu fraseado e expressões. CI 15 5 A vida e a obra da Sra. Ellen G. White -- Ellen G. Harmon e sua irmã gêmea nasceram em 26 de Novembro de 1827, em Gorham, Maine, na região nordeste dos Estados Unidos. Quando estava com nove anos de idade, Ellen sofreu um acidente causado pelo golpe de uma pedra lançada por uma colega imprudente. Um grave ferimento no rosto quase lhe custou a vida e deixou-a num estado de fraqueza tal que não pôde continuar os estudos. CI 15 6 Com onze anos, ela entregou o coração a Deus. Aos catorze, foi batizada por imersão no mar e recebida como membro da Igreja Metodista. Juntamente com outros membros de sua família, ela freqüentou as reuniões adventistas em Portland, Maine, aceitando totalmente os pontos de vista sobre a proximidade do segundo advento de Cristo apresentados por Guilherme Miller e seus associados. CI 15 7 Certa manhã, em Dezembro de 1844, enquanto estava orando com outras quatro mulheres, o poder de Deus repousou sobre ela. Inicialmente Ellen perdeu a noção das coisas terrenas; então, numa representação figurativa, ela testemunhou a viagem do povo do advento para a cidade de Deus e a recompensa dos fiéis. Com temor e tremor essa adolescente de dezessete anos relatou essa e outras visões aos crentes de Portland. E quando havia oportunidade ela contava a visão a grupos de adventistas no Maine e estados vizinhos. Em Agosto de 1846, Ellen Harmon casou-se com Tiago White, um jovem pastor adventista. Por cerca de trinta e cinco anos sua vida esteve intimamente ligada à do marido em diligente obra evangelística, até sua morte em 6 de Agosto de 1881. Eles viajaram intensamente pelos Estados Unidos pregando e escrevendo, planejando e realizando, organizando e administrando. CI 16 1 O tempo e a experiência têm provado quão amplos e firmes foram os fundamentos lançados por Tiago, Ellen White e seus companheiros, e quão sábia e eficazmente edificaram. Eles deram início, entre 1849 e 1850, à obra de publicações entre os adventistas observadores do sábado, participando do desenvolvimento organizacional da Igreja mediante um sólido sistema financeiro, em fins da década de 1850. Isso culminou com a organização da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, em 1863. O ano de 1866 marcou o início de nossa obra médica e a grande obra educacional da denominação teve seu começo no início da década seguinte. O plano de reuniões campais anuais foi desenvolvido em 1868 e, em 1874, os adventistas do sétimo dia enviaram seu primeiro missionário além-mar. CI 16 2 Todo esse desenvolvimento foi guiado pelos muitos conselhos verbais e escritos que Deus deu ao povo mediante Ellen White. CI 16 3 A maior parte das primeiras comunicações foi redigida em forma de cartas pessoais ou através de artigos publicados no Present Truth, nossa primeira publicação regular. Não foi senão em torno de 1851 que a Sra. White lançou seu primeiro livro de 64 páginas intitulado A Sketch of the Christian Experience and Visions of Ellen G. White (Um Esboço da Experiência Cristã e Visões de Ellen G. White). CI 16 4 Com início em 1855, foi publicada uma série de panfletos numerados, cada um deles com o título de Testimony for the Church (Testemunho Para a Igreja). Eles disponibilizavam as mensagens de instrução e correção que. de tempos em tempos, Deus enviava a Seu povo. Para atender à contínua demanda por tal instrução, os primeiros trinta panfletos foram republicados em 1885 em forma de quatro livros encadernados. Com o acréscimo de outros volumes, que surgiram entre 1889 e 1909, completou-se a coleção de nove volumes conhecidos como Testemunhos Para a Igreja. CI 16 5 Os White tiveram quatro filhos. O mais velho, Henry, viveu até os dezesseis anos; o mais novo, Herbert, faleceu com três meses de idade. Os dois filhos do meio, Edson e William, viveram até à maturidade, empenhados na obra da denominação adventista do sétimo dia. CI 16 6 Atendendo ao pedido da Associação Geral, a Sra. White viajou à Europa no verão de 1885. Ali ela despendeu dois anos no fortalecimento da recente obra naquele continente. Morando em Basiléia, Suíça, ela viajou intensamente através da Europa Central, do Norte e do Sul, assistindo às reuniões gerais da Igreja. CI 17 1 Quatro anos depois de sua volta aos Estados Unidos, a Sra. White, com sessenta e três anos de idade e em resposta a outra solicitação da Associação Geral, viajou para a Austrália. Ali trabalhou por nove anos. ajudando a iniciar e desenvolver a obra, especialmente nos setores médico e educacional. Em 1900, retornou aos Estados Unidos, indo residir na região oeste do país, em Santa Helena, Califórnia, onde ficou até sua morte em 1915. CI 17 2 Durante o longo tempo de serviço de sessenta anos na América do Norte e dez anos no exterior, ela teve cerca de duas mil visões que, mediante incansáveis esforços voltados ao aconselhamento de indivíduos, igrejas, reuniões públicas e sessões da Associação Geral, contribuíram grandemente para o desenvolvimento deste grande movimento. Mas isso não completou a tarefa de apresentar a todos as mensagens que ela recebeu de Deus. CI 17 3 Seus escritos somam cerca de cem mil páginas. As mensagens procedentes de sua pena chegavam às pessoas através de comunicações pessoais, artigos semanais nos periódicos denominacionais e em seus muitos livros. Os temas tratavam de história bíblica, experiência cristã, saúde, educação, evangelismo e outros tópicos de cunho prático. Muitos de seus livros estão impressos nos principais idiomas do mundo, e milhões de seus exemplares já foram vendidos. Somente o livro Caminho a Cristo vendeu cerca de 50 milhões de exemplares em 127 idiomas, entre 1892 e 1990. CI 17 4 Com a idade de oitenta e um anos, a Sra. White cruzou o continente americano pela última vez, para assistir à sessão da Associação Geral de 1909. Os restantes seis anos de sua vida foram despendidos na conclusão de sua obra literária. Próxima ao fim da existência, ela escreveu: "Seja minha vida poupada ou não, meus escritos falarão continuamente e sua obra irá avante enquanto o tempo durar." CI 17 5 Com indômita coragem e plena confiança em seu Redentor, ela faleceu em sua casa, na Califórnia, no dia 16 de Julho de 1915, e foi sepultada junto ao esposo e filhos, no cemitério de Oak Hill, em Battle Creek, Michigan. CI 17 6 A Sra. White era apreciada e honrada por seus companheiros de obra, pela Igreja e os membros de sua família, como mãe devotada e uma obreira diligente e incansável. Ela nunca teve um cargo oficial na Igreja. Era tida pela Igreja e por si mesma como "uma mensageira" com uma mensagem de Deus para Seu povo. Nunca pediu aos outros que cuidassem dela e nunca usou seu dom para a obtenção de vantagens financeiras ou popularidade. Sua vida e tudo quanto possuía foram dedicados à causa de Deus. CI 17 7 Por ocasião de sua morte, o editor de um semanário popular, o The Independent, em sua edição de 23 de Agosto de 1915, concluiu seus comentários sobre a vida fecunda da Sra. White com estas palavras: "Ela foi absolutamente honesta em sua crença nas revelações que recebeu. Sua vida foi digna delas. Ela não exibia nenhum orgulho espiritual e jamais buscou interesses pecuniários. Viveu e fez a obra de uma legítima profetisa." CI 18 1 Poucos anos antes de sua morte, a Sra. White criou um conselho de depositários formado por líderes da Igreja, a quem deixou seus escritos com o encargo de serem responsáveis por seu cuidado e publicação contínua. Com escritórios na sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, essa comissão promove a publicação continuada dos escritos de E. G. White em inglês, e estimula sua circulação, no todo ou em parte, em outros idiomas. Eles também têm publicado numerosas compilações de artigos e manuscritos, em harmonia com a instrução da Sra. White. É sob a autoridade dessa comissão que o presente volume é levado a público. CI 18 2 A Sra. White como os outros a conheceram -- Conhecendo a experiência incomum da Sra. White como mensageira do Senhor, alguns têm perguntado: Que tipo de pessoa ela era? Será que enfrentava os mesmos problemas que nós? Era rica ou pobre? Ela sorria? CI 18 3 A Sra. White era mãe extremosa e dedicada dona de casa. Era uma anfitriã cordial, hospedando frequentemente membros da Igreja em sua casa. Era uma vizinha prestativa, uma mulher de profundas convicções, de disposição agradável, gentil em maneiras e palavras. Em sua experiência não havia lugar para uma religião melancólica, infeliz e acabrunhada. As pessoas se sentiam à vontade em sua presença. Talvez a melhor maneira de familiarizar-se com a Sra. White seja reconstituir o ambiente doméstico de 1859, o primeiro ano em que ela escreveu um diário. CI 18 4 Descobrimos que os Whites viviam nos arredores de Battle Creek, numa pequena casa de campo situada num grande terreno com jardins, algumas árvores frutíferas, uma vaca, algumas galinhas e um lugar para seus filhos trabalharem e brincarem. A Sra. White, nessa época, estava com trinta e um anos de idade. Tiago White tinha trinta e seis. Seus filhos estavam com quatro, nove e doze anos de idade. CI 18 5 Em seu lar havia uma jovem cristã contratada para ajudar nas tarefas domésticas, pois a Sra. White estava frequentemente longe de casa, ocupada em pregar e escrever. Entretanto, ela assumia as responsabilidades do lar como cozinhar, limpar, lavar e costurar. Nalguns dias, ela ia até a casa publicadora onde tinha à disposição um lugar calmo para escrever. Noutros dias, podia ser encontrada no jardim plantando flores e vegetais e, às vezes, trocando plantas florais com os vizinhos. Estava determinada a tornar seu lar o mais agradável possível para sua família, a fim de os filhos poderem considerar o lar o lugar mais desejável de se estar. CI 18 6 Ellen White era uma compradora cuidadosa e seus vizinhos adventistas ficavam felizes quando iam às compras com ela, pois sabia o preço das coisas. Sua mãe havia sido uma mulher muito prática e ensinado lições valiosas às filhas. Ela aprendeu que saía mais caro comprar coisas malfeitas do que mercadorias de boa qualidade. CI 19 1 O sábado era o dia mais agradável da semana para os filhos. A família assistia aos cultos na igreja e, se o Pr. White e a Sra. White estavam livres de compromissos com pregações, a família se assentava junta durante o culto. No jantar havia um prato especial que não era preparado noutros dias; daí, se o dia estivesse propício, a Sra. White caminhava com os filhos pelos bosques ou as margens do rio, observando as belezas da natureza e estudando as obras de Deus. Se o dia estivesse chuvoso ou frio, ela os reunia junto à lareira da casa e lia para eles, citando frequentemente materiais reunidos aqui e ali, enquanto fazia suas viagens. Algumas dessas histórias foram posteriormente impressas em livros, para que outros pais pudessem contá-las aos filhos. CI 19 2 A Sra. White não estava bem de saúde nessa época e desmaiava algumas vezes durante o dia, mas isso não a impedia de prosseguir com suas tarefas domésticas, bem como com a obra para o Senhor. Poucos anos mais tarde, em 1863, ela teve uma visão referente à saúde e aos cuidados com os enfermos. Foram-lhe mostradas em visão as roupas mais adequadas para usar, o alimento para ingerir, a necessidade de exercício e repouso, bem como a importância da confiança em Deus, a fim de manter o corpo vigoroso e saudável. CI 19 3 A luz provinda de Deus concernente ao regime alimentar e à nocividade dos alimentos cárneos contrariava frontalmente a opinião pessoal da Sra. White, que julgava a carne essencial à saúde e à produção de energia. Com a luz da visão a iluminar sua mente, ela instruiu a moça que a ajudava a preparar os alimentos para a família a pôr sobre a mesa apenas alimentos integrais compostos de cereais, vegetais, nozes, leite, creme e ovos. Havia também abundância de frutas. Nessa ocasião, a família White passou a adotar uma dieta essencialmente vegetariana. Em 1894, Ellen White baniu completamente a carne de sua mesa. A reforma de saúde foi uma grande bênção para a família White, como tem sido para milhares de famílias adventistas espalhadas pelo mundo. CI 19 4 Após a visão da reforma de saúde, em 1863, e a adoção de métodos naturais de tratamento de enfermos, os Whites eram constantemente chamados por seus vizinhos, quando doentes, para lhes ministrar tratamentos. O Senhor abençoou muito esses esforços. Outras vezes, os enfermos eram levados para o lar dos Whites e cuidados com carinho até sua plena recuperação. CI 19 5 A Sra. White desfrutava períodos de relaxamento e recreação nas montanhas, em algum lago ou em mar aberto. Durante a meia idade, enquanto vivia perto da Pacific Press, no norte da Califórnia, ela decidiu dispensar um dia para repouso e recreação. A Sra. White, sua família e o pessoal do escritório, foram convidados a unir-se ao grupo de obreiros da casa publicadora, convite que aceitaram prontamente. Seu marido estava no Leste a serviço da Organização. Numa carta que ela lhe enviou encontramos a narrativa dessa experiência. CI 20 1 Depois de saborear um almoço composto de alimentos integrais na praia, o grupo todo saiu para um passeio de barco pela baía de São Francisco. O capitão da embarcação era membro da Igreja e todos desfrutaram uma tarde muito aprazível. Então foi sugerido irem para alto-mar. Contando essa experiência, Ellen White escreveu: CI 20 2 "As ondas se elevavam e éramos lançados fortemente para cima e para baixo. Eu estava encantada, mas não tinha palavras para expressar. Era grandioso! Os borrifos de água nos respingavam. O vento era forte além da Golden Gate; eu nunca havia experimentado nada igual em minha vida." CI 20 3 Então ela observou os vigilantes olhos do capitão e a prontidão da tripulação em obedecer-lhe as ordens, e comentou: CI 20 4 "Deus retém os ventos em Suas mãos. Ele controla as águas. Somos meras partículas nas vastas e profundas águas do Pacífico; todavia, anjos dos céus foram enviados para guardar essa pequena embarcação enquanto singrava pelas ondas. Oh, as maravilhosas obras de Deus! Quão além de nossa compreensão! Num relance, Ele contempla os mais altos céus e os mares." CI 20 5 A Sra. White, desde o início, havia assumido uma atitude de contentamento. Certa vez ela perguntou: "Vocês já me viram desalentada, melancólica, lamuriosa? Tenho uma fé que proíbe tal coisa. É a concepção equivocada do verdadeiro ideal do caráter e serviço cristãos que conduz a essa conclusão. [...] Um serviço sincero e espontâneo a Jesus produz uma religião luminosa. Aqueles que seguem a Cristo bem de perto não ficam desanimados." CI 20 6 Noutra ocasião, ela escreveu: "Em alguns casos, a idéia adotada é que a alegria não é compatível com a dignidade do caráter cristão, mas isso é um erro. O Céu todo é alegria." Ela descobriu que se você sorrir, receberá sorrisos em troca; se você proferir palavras bondosas, terá em retorno também palavras carinhosas. CI 20 7 Entretanto, houve momentos em que ela sofreu grande tribulação. Certa ocasião, isso ocorreu logo após chegar à Austrália para ajudar no trabalho local. Ela se encontrava muito doente fazia quase um ano e sofria intensamente. Estava confinada à cama, durante meses, e só podia dormir umas poucas horas por noite. Acerca dessa experiência, ela escreveu a uma amiga: CI 20 8 "Quando me senti desamparada, lamentei ter viajado tanto. Por que não fiquei na América? A que custo me encontrava na Austrália? Com freqüência eu poderia ter enterrado minha face nos lençóis e chorado copiosamente. Mas não podia me dar ao luxo de verter lágrimas. Eu dizia a mim mesma: 'Ellen G. White, o que você quer? Você não veio para a Austrália porque sentiu ser seu dever ir aonde a Associação achasse melhor? Essa não foi sua decisão?' CI 20 9 'Sim', eu dizia. CI 21 1 'Então por que você se sente quase abandonada e desanimada? Não é esse o trabalho do inimigo?' Eu dizia: 'Sim, acho que sim.' CI 21 2 "Depois disso enxuguei minhas lágrimas rapidamente e disse: 'É o bastante. Jamais voltarei a olhar para o lado escuro. Quer viva ou não, confio minha vida Àquele que morreu por mim.' CI 21 3 "Eu cria que o Senhor faria bem todas as coisas e durante os oito meses de desamparo, não tive qualquer desalento ou dúvida. Agora vejo aquela situação como parte do grande plano do Senhor para o bem de Seu povo aqui neste país, para os da América do Norte e meu próprio bem. Não posso explicar por que ou como, mas creio. E sou feliz em minha aflição. Confio em meu Pai celestial. Não duvidarei de Seu amor." CI 21 4 Quando a Sra. White morou em sua casa na Califórnia, durante os últimos quinze anos de sua vida, embora estivesse mais idosa, tomou interesse pelo trabalho de uma pequena fazenda e no bem-estar daqueles que a auxiliavam em suas atividades. Geralmente ocupava-se em escrever, começando logo após à meia-noite, quando ia dormir cedo. Se o dia houvesse sido agradável e seu trabalho o permitisse, ela saía para um breve passeio pelo campo, parando para conversar com alguma mãe que eventualmente encontrasse no jardim ou na porta de uma casa pela qual passasse. Algumas vezes ela percebia a necessidade de alimentos e roupas e então ia para sua casa e apanhava o necessário para suprir as carências. Anos depois de sua morte, ela era ainda lembrada pelos vizinhos do vale onde viveu, como uma pequena mulher de cabelos brancos, que sempre falava com ternura de Jesus. CI 21 5 Quando ela morreu, tinha pouco mais do que as necessidades e confortos básicos da vida. Ela era uma cristã adventista do sétimo dia confiante nos méritos de seu ressurreto Senhor e tentava fazer fielmente a obra que o Senhor lhe designara. Assim, com confiança no coração, ela chegou ao fim de uma vida plena e coerente com sua experiência cristã. CI 21 6 Mensagens que transformaram vidas -- Um evangelista estava realizando uma série de reuniões em Bushnell, Michigan. Logo após um batismo, todavia, ele deixou o povo sem alicerçar devidamente os crentes na mensagem. Aos poucos as pessoas foram se desanimando e alguns retomaram seus maus hábitos. Finalmente a igreja tornou-se tão pequena que dez ou doze membros que restaram decidiram que não deveriam mais continuar se reunindo. Logo após se dispersarem do que achavam ser a última reunião, chegou o correio e entre a correspondência encontrava-se a Review and Herald (Revista e Arauto). Na seção "Roteiro" havia uma notícia dando conta de que Tiago e Ellen White estariam em Bushnell para as reuniões, em 20 de Julho de 1867. Faltava apenas uma semana para isso. As crianças foram enviadas para chamar o povo de volta, aqueles que estavam no caminho de sua volta para casa. Ficou decidido que se preparasse um lugar no bosque e se convidasse os vizinhos, especialmente os membros afastados. CI 22 1 No dia 20 de Julho, um sábado, os Whites vieram até o bosque onde sessenta pessoas se haviam reunido. O Pr. White falou pela manhã. À tarde, a Sra. White se levantou para falar, mas após a leitura de seu texto, ela parecia perplexa. Sem qualquer comentário adicional, fechou a Bíblia e começou a falar ao povo de modo muito pessoal. CI 22 2 "Nesta tarde, estou diante de vocês olhando a face daqueles que me foram mostrados em visão, dois anos atrás. Enquanto os vejo, sua experiência me vem claramente à memória e tenho uma mensagem para vocês da parte do Senhor. CI 22 3 "Há esse irmão que está próximo ao pinheiro. Não posso chamá-lo pelo nome, pois ainda não fomos apresentados, mas seu rosto me é familiar e sua experiência está bem vívida diante de mim." Então ela falou àquele irmão sobre sua apostasia. Ela o encorajou a voltar e caminhar com o povo de Deus. CI 22 4 Em seguida, volvendo-se para uma mulher noutra parte do auditório, disse: "Essa irmã assentada perto da irmã Maynard, da igreja de Greenville; não sei dizer o seu nome porque não me foi dito, mas dois anos atrás seu caso me foi apresentado em visão e estou familiarizada com sua experiência." Em seguida, a Sra. White a animou. CI 22 5 "Há aquele irmão atrás do carvalho. Não tenho condições de chamá-lo por nome, pois não o vi ainda, mas seu caso está claro para mim." Então ela falou com ele, revelando seus mais íntimos pensamentos e abriu perante o auditório a experiência daquele homem. CI 22 6 Passando de um para outro, ela se dirigiu à congregação, falando do que lhe havia sido mostrado em visão, dois anos antes. Depois de a Sra. White concluir seu sermão, falando não apenas palavras de reprovação, mas também de animação, ela assentou. Alguém do grupo se levantou e disse: "Gostaria de saber se aquilo que a irmã White nos disse nesta tarde é verdadeiro. O Pastor e a Sra. White nunca haviam estado aqui antes; eles não estão familiarizados conosco. A Sra. White nem mesmo sabe o nome da maioria de nós e, todavia, ela vem aqui esta tarde e nos diz que dois anos antes recebeu uma visão na qual nossos casos lhe foram mostrados e então nos fala pessoalmente, um por um, expondo diante de todos nossa vida e nossos mais íntimos pensamentos. Tudo isso é verdade, em cada caso? Ou a Sra. White cometeu alguns erros? Eu gostaria de saber." CI 22 7 Uma por uma as pessoas se manifestaram. O homem que estava junto ao pinheiro ficou em pé e disse que a Sra. White havia descrito seu caso melhor do que ele mesmo poderia fazê-lo. Ele confessou seu procedimento desobediente. E manifestou a decisão de voltar e continuar junto com o povo de Deus. A mulher sentada junto à irmã Maynard, da igreja de Greenville, também confirmou. Disse que a Sra. White tinha narrado sua vida melhor que ela teria feito. O homem junto ao carvalho disse que a irmã White havia apresentado seu caso de modo muito mais exato do que ele mesmo poderia expressar. Confissões foram feitas e os pecados foram abandonados. O Espírito de Deus desceu e houve um reavivamento em Bushnell. CI 23 1 O Pastor e a Sra. White voltaram no sábado seguinte, quando foi realizado um batismo e organizada a igreja de Bushnell. CI 23 2 O Senhor amava Seu povo em Bushnell, assim como faz com todos aqueles que nEle esperam. "Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te". Apocalipse 3:19. Esse texto deve ter sido lembrado por alguns dos presentes. Quando o povo viu o próprio coração assim como o Senhor o vê, compreendeu sua verdadeira condição e desejou mudar de vida. Esse é o real propósito de muitas das visões dadas à Sra. White. CI 23 3 Logo após a morte de Tiago White, em 1891, a Sra. White foi morar perto do Healdsburg College. Várias moças moravam em sua casa enquanto freqüentavam a escola. Era costume naquele tempo usar uma redezinha simples na cabeça para manter o cabelo assentado durante o dia. Certo dia, ao passar pelo quarto da Sra. White, uma das moças viu uma rede de cabelo muito bem feita, exatamente como a que ela estava querendo conseguir. Pensando que o objeto poderia estar perdido, ela o apanhou e pôs em cima de seu baú. Pouco depois, quando se vestia para sair, a Sra. White sentiu falta de sua redezinha. À noite, com a família reunida, a Sra. White perguntou sobre sua rede desaparecida, mas ninguém deu qualquer indicação de saber onde ela estava. CI 23 4 Um dia e pouco depois, quando a Sra. White estava passando pelo quarto daquela moça, uma voz lhe disse: "Abra aquele baú." Como o baú não lhe pertencia ela não quis abri-lo. Na segunda ordem, ela reconheceu a voz como de um anjo. Quando ela ergueu a tampa do baú, viu por que o anjo lhe havia falado. Quando todos da casa se reuniram novamente, a Sra. White perguntou outra vez sobre a redinha, afirmando que ela não poderia ter desaparecido por si mesma. Ninguém disse nada e assim a Sra. White não prosseguiu com o assunto. CI 23 5 Poucos dias mais tarde, enquanto a Sra. White estava descansando de sua tarefa de escrever, foi-lhe dada uma brevíssima visão. Ela viu a mão de uma das moças deixar cair uma rede de cabelo sobre a lâmpada a querosene. Quando a rede tocou a chama, consumiu-se imediatamente numa labareda. Aí terminou a visão. CI 23 6 Ao a família se reunir, a Sra. White mais uma vez tocou no assunto do desaparecimento da rede, mas não houve confissão e ninguém parecia saber de seu paradeiro. Pouco depois, a Sra. White chamou aquela jovem e contou-lhe sobre a voz e o que ela havia visto no baú; então falou sobre a curta visão na qual vira uma rede de cabelo sendo queimada sobre uma lâmpada. Ao receber essa informação, a moça confessou ter apanhado a rede e a queimado com receio de ser descoberta. Ela acertou a questão com a Sra. White e com Deus. CI 24 1 Podemos pensar que essa era uma coisa insignificante para o Senhor Se preocupar: apenas uma rede de cabelo. Mas era uma questão de muito maior importância do que o valor de um objeto roubado. Estava envolvida uma jovem, membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela achava que tudo estava bem, e não percebia os defeitos de seu caráter. Não viu o egoísmo que a levou a roubar e enganar. Quando compreendeu quão importantes são as coisas pequenas e que Deus se interessou em dar uma visão à Sua ocupada mensageira aqui na Terra sobre uma rede de cabelo, essa moça começou a ver as coisas sob sua verdadeira luz. Essa experiência foi o momento decisivo de sua vida. CI 24 2 Essa é uma razão por que as visões foram dadas à Sra. White. Embora muitos dos testemunhos escritos pela Sra. White tenham aplicações bastante específicas, eles apresentam princípios que atendem às necessidades da igreja em cada lugar do mundo. A Sra. White deixou claro o propósito e o lugar dos testemunhos nestas palavras: CI 24 3 "Os testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz; e sim a gravar vividamente na alma as verdades da inspiração já reveladas. Os deveres do homem para com Deus e seu semelhante estão claramente discriminados na Palavra Divina, mas poucos de vós obedecem a essa luz. Não se trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas. [...] Os testemunhos não foram dados para depreciar a Palavra de Deus, mas para exaltá-la e atrair as mentes para ela a fim de que a bela simplicidade da verdade possa impressionar a todos." CI 24 4 Durante toda sua vida a Sra. White manteve a Palavra de Deus diante do povo. Ao encerrar seu primeiro livro, declarou: CI 24 5 "Recomendo, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de sua fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos 'últimos dias'; não para estabelecer uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica." CI 24 6 A visão que não podia ser contada -- Durante uma série de reuniões em Salamanca, Nova York, em Novembro de 1890, na qual a Sra. White fez algumas palestras públicas para grandes audiências e ficou muito fraca, tendo contraído uma severa gripe em meio à viagem para lá. Após uma das reuniões, ela foi para seu quarto desanimada e doente. Desejava derramar seu coração perante Deus e suplicar misericórdia, saúde e forças. Ajoelhou-se ao lado de uma cadeira e, contando o que se passou, disse: CI 24 7 "Eu não tinha ainda proferido uma palavra, quando a sala pareceu encher-se de uma luz suave e prateada e me foram removidos o desapontamento e o desânimo. Fiquei cheia de conforto e esperança -- senti a paz de Cristo." CI 25 1 Então, Ellen recebeu uma visão. Após a visão, não quis dormir ou descansar. Ela fora curada e sentia-se recuperada. CI 25 2 Uma decisão precisava ser tomada pela manhã. Iria ela para o lugar onde as próximas reuniões deveriam ocorrer ou voltaria para seu lar em Battle Creek? A. T. Robinson, que dirigia a obra, e William White, filho da Sra. White, foram até seu quarto para saber a resposta. Eles a encontraram já vestida e bem de saúde. Ela estava pronta para sair e lhes contou acerca da cura. Falou-lhes sobre a visão e disse: "Gostaria de dizer-lhes o que me foi revelado na noite passada. Em visão, parecia-me estar em Battle Creek e o anjo mensageiro disse: "Siga-me." Então ela hesitou. Não podia recordar-se da visão. Por duas vezes tentou contá-la, mas não se lembrava do que lhe fora mostrado. Nos dias que se seguiram, ela escreveu a respeito. Isso tinha relação com os planos que estavam sendo feitos para o periódico de liberdade religiosa, então chamado American Sentinel (Sentinela Americana). CI 25 3 "À noite, como que pude penetrar em várias reuniões e lá ouvi palavras proferidas por homens influentes que se o American Sentinel removesse a expressão "Adventista do Sétimo Dia" de suas colunas e nada dissesse sobre o sábado, os grandes homens do mundo iriam financiá-lo: ele se tornaria popular e faria uma grande obra. Isso parecia muito atrativo. CI 25 4 "Vi que seus rostos brilhavam e eles passaram a trabalhar no propósito de transformar o Sentinel num sucesso popular. Toda a questão foi apresentada por homens que necessitavam da verdade na mente e no espírito." CI 25 5 Claramente o que ela viu era um grupo de homens discutindo a política editorial do periódico. Quando a reunião da Associação Geral foi aberta, em Março de 1891, a Sra. White foi convidada a falar cada manhã aos obreiros, às cinco e meia, e dirigir-se à assembléia de quatro mil pessoas reunidas no sábado à tarde. Seu texto para o sábado à tarde foi: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." Todo o sermão foi um apelo aos adventistas do sétimo dia para que falassem abertamente sobre as distintivas características de sua fé. Por três vezes durante a reunião ela começou a falar da visão de Salamanca, mas foi impedida. Os eventos da visão simplesmente desapareceram de sua memória. Então ela disse: "Acerca disso, terei muito a dizer mais tarde." Ela completou seu sermão em cerca de uma hora e o encontro foi encerrado. Todos notaram que ela era incapaz de rememorar a visão. CI 25 6 O presidente da Associação Geral aproximou-se dela e perguntou-lhe se faria abertura da reunião da manhã. CI 25 7 "Não", ela respondeu, "estou cansada; eu já dei meu testemunho. Vocês devem fazer outros planos para a reunião da manhã." E assim se fez. CI 25 8 Quando a Sra. White voltou para sua casa, disse aos membros da família que não assistiria à reunião da manhã, que estava cansada e iria repousar. Em seguida, foi dormir e, no domingo de manhã, os planos foram traçados. CI 26 1 Naquela noite, após o encerramento da sessão da Associação Geral, um pequeno grupo de homens reuniu-se em um dos escritórios do prédio da Review and Herald. Na manhã seguinte, estavam presentes à reunião representantes da casa publicadora que editavam o American Sentinel e também representantes da Associação de Liberdade Religiosa. Eles se reuniram para discutir e solucionar uma questão preocupante -- a política editorial do American Sentinel. A porta foi fechada e todos concordaram que ela não se abriria até que o problema fosse resolvido. CI 26 2 Pouco antes das três da madrugada de domingo, a reunião se encerrou com um impasse, e a declaração da Associação de Liberdade Religiosa de que, a menos que a Pacific Press atendesse às suas exigências e retirasse as expressões "adventista do sétimo dia" e "sábado" de suas colunas, ela não mais poderia considerar esse periódico como órgão da Associação de Liberdade Religiosa. Isso significava acabar com a publicação. Eles abriram a porta e os homens foram para seus aposentos a fim de dormir. CI 26 3 Mas Deus, que nunca dormita ou tosqueneja, enviou Seu anjo mensageiro ao quarto de Ellen White às três horas daquela madrugada. Ela foi despertada e instruída a ir à reunião dos obreiros às cinco e meia, e ali apresentar o que lhe fora mostrado na visão de Salamanca. Ellen vestiu-se, foi até sua escrivaninha e apanhou o papel no qual ela havia feito o registro do que lhe fora mostrado em Salamanca. À medida que a cena lhe vinha à mente com clareza, ela a descrevia melhor. CI 26 4 Os ministros estavam ainda se levantando da oração no tabernáculo, e a Sra. White foi vista vindo em direção à porta com um maço de manuscritos debaixo do braço. O presidente da Associação Geral dirigiu-se a ela: CI 26 5 "Irmã White", disse ele, "estamos felizes em vê-la. A senhora tem uma mensagem para nós?" CI 26 6 "Realmente tenho", ela respondeu e caminhou até a frente. Então recomeçou justamente onde havia parado no dia anterior. Disse que às três horas daquela madrugada havia sido despertada e instruída a ir até a reunião de obreiros às cinco e meia e aí apresentar o que lhe havia sido mostrado em Salamanca. CI 26 7 Ela disse: "Em visão, parecia-me estar em Battle Creek. Fui levada aos escritórios da Review and Herald e o anjo mensageiro ordenou-me: 'Siga-me.' Entrei numa sala onde um grupo de homens discutia acaloradamente certo assunto. Houve manifestação de zelo, mas não de acordo com o conhecimento." Ela contou como estavam discutindo a política editorial do American Sentinel, e acrescentou: "Vi um dos homens apanhar um exemplar do Sentinel, ergue-lo acima de sua cabeça e dizer: 'A menos que os artigos sobre o sábado e o segundo advento sejam retirados deste periódico, não podemos mais considerá-lo como um órgão da Associação de Liberdade Religiosa'." Ellen White falou durante uma hora, descrevendo a reunião que lhe havia sido mostrada meses antes, e deu conselhos baseados nessa revelação. Então se assentou. CI 27 1 O presidente da Associação Geral não sabia o que pensar a respeito. Ele não havia ouvido falar de tal reunião. Porém, não precisaram esperar muito tempo por uma explicação, pois um homem se levantou no fundo da sala e começou a falar: CI 27 2 "Eu estive nesse encontro na noite passada." CI 27 3 "Noite passada!" A Sra. White observou: "Noite passada? Eu pensei que essa reunião tinha ocorrido meses atrás, quando ela me foi mostrada em visão." CI 27 4 "Eu estive nesse encontro na noite passada", disse o homem, "e eu sou quem fez as observações sobre os artigos do jornal, erguendo-o acima de minha cabeça. Sinto muito dizer que eu estava do lado errado, mas aproveito esta oportunidade para colocar-me do lado certo." Em seguida, assentou. CI 27 5 Outro homem levantou-se para falar. Era o presidente da Associação de Liberdade Religiosa. Note suas palavras: "Eu estive presente nessa reunião. Na última noite, após o encerramento da assembléia, alguns de nós nos reunimos em meu gabinete, nos escritórios da Review, onde estávamos de portas fechadas para discutir as questões e o assunto que nos foi apresentado nesta manhã. Ficamos ali até as três horas desta madrugada. Se eu começasse a dar uma descrição do que aconteceu e das atitudes daqueles que lá estavam, não poderia fazê-lo com tanta exatidão e correção como o fez a Sra. White. Vejo que eu estava errado e que a posição que tomei não era correta. Pela luz que nos foi comunicada nesta manhã, reconheço que estava equivocado." CI 27 6 Outros falaram naquele dia. Cada homem que estava na reunião na noite anterior ficou em pé e deu seu testemunho, dizendo que Ellen White havia descrito pormenorizadamente a reunião e as atitudes daqueles que lá estavam. Antes que terminasse aquele encontro no domingo de manhã, o grupo da Liberdade Religiosa se reuniu e anulou a decisão tomada poucas horas antes. CI 27 7 Se a Sra. White não fosse impedida e houvesse relatado a visão na tarde de sábado, sua mensagem não teria servido ao propósito que Deus tinha em mente, pois a reunião ainda não teria acontecido. CI 27 8 De algum modo, os homens não teriam aceitado o conselho geral dado no sábado à tarde. Eles pensavam que sabiam mais. Talvez arrazoassem como alguns fazem hoje: "Bem, talvez a Irmã White não tenha entendido" ou "Estamos vivendo em tempos diferentes" ou ainda "Aquele conselho foi aplicado há muitos anos, mas hoje ele não se aplica." Os pensamentos que Satanás sussurra em nossos ouvidos hoje são os mesmos com o quais tentou nossos pastores em 1891. Deus, em Seu tempo e a Seu modo, deixou claro que esta é a Sua obra; que Ele a estava guiando e guardando; Ele estava com Sua mão ao leme. Ellen White nos fala que Deus "tem freqüentemente permitido que certas situações cheguem à crise, para que Sua interferência possa tornar-se marcante. Então Ele torna manifesto que há um Deus em Israel." CI 28 1 Os Testemunhos e o leitor -- Durante setenta anos, Ellen G. White falou e escreveu o que Deus lhe revelava. Muitas vezes os conselhos foram dados para corrigir aqueles que se desviavam da verdade bíblica. Outras vezes apontavam o rumo que Deus queria que Seu povo seguisse. Vários Testemunhos tratavam do modo de vida, do lar e da Igreja. Como os membros da Igreja receberam essas mensagens? CI 28 2 No início de seus trabalhos, os líderes examinaram sua obra para se assegurar de que a manifestação do dom de profecia era genuína. O apóstolo Paulo admoestou: "Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom". 1 Tessalonicenses 5:20, 21. Os testes bíblicos de um profeta foram aplicados à obra da Sra. White. Sobre isso ela escreveu: CI 28 3 "Esta obra é de Deus ou não é. Deus nada faz em parceria com Satanás. Minha obra nos últimos trinta anos traz o selo de Deus ou o selo do inimigo. Não há meio-termo nesse assunto." CI 28 4 A Bíblia nos fornece quatro testes básicos pelos quais o profeta deve ser examinado. A obra da Sra. White resistiu a cada um deles: CI 28 5 1. A mensagem do verdadeiro profeta deve estar em harmonia com a Lei de Deus e as mensagens dos profetas. Isaías 8:20. CI 28 6 Os escritos de Ellen G. White exaltam a Lei de Deus e sempre conduzem os homens e as mulheres à Bíblia em sua integralidade. Ela aponta para a Bíblia como a única regra de fé e prática e como a luz maior para a qual seus ensinos, "a luz menor" conduzem. CI 28 7 2. As predições do verdadeiro profeta devem ocorrer dentro de um contexto de condicionalidade. Jeremias 18:7-10; 28:9. Conquanto a obra da Sra. White seja muito semelhante à de Moisés, de liderar e guiar o povo, todavia ela escreveu de maneira profética acerca de muitos eventos a ocorrer. No início de nossa obra de publicações, em 1848, ela falou com respeito a como essa obra circundaria o mundo com luz. Hoje os adventistas do sétimo dia publicam literatura em mais de 200 línguas, num total avaliado em mais de 100 milhões de dólares por ano. CI 28 8 Em 1890, quando o mundo declarava que não haveria mais guerras e o milênio estava prestes a alvorecer, ela escreveu: "Aproxima-se a tempestade, e precisamos aprontar-nos para sua fúria. [...] Veremos aflições por todos os lados. Milhares de navios serão arremessados para as profundezas do mar. Esquadras se submergirão, sendo sacrificados milhões de vidas humanas." Isso se cumpriu nas duas guerras mundiais. CI 28 9 3. O verdadeiro profeta confessará que Jesus Cristo veio em carne, que Deus Se revestiu da carne humana. 1 João 4:2. CI 29 1 A leitura do O Desejado de Todas as Nações deixa claro que a obra de Ellen G. White foi passou nesse teste. Observe estas palavras: CI 29 2 "Jesus poderia haver permanecido ao lado de Seu Pai. Poderia haver retido a glória do Céu, e as homenagens dos anjos. Mas preferiu entregar o cetro nas mãos de Seu Pai, e descer do trono do Universo, a fim de trazer luz aos que estavam nas trevas, e vida aos que estavam prestes a perecer. [...] CI 29 3 "Cerca de dois mil anos atrás, ouviu-se no Céu uma voz de misteriosa significação, saída do trono de Deus: 'Eis aqui venho.' 'Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo Me preparaste. [...] Eis aqui venho (no rolo do livro está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade'. Hebreus 10:5-7. Nestas palavras anuncia-se o cumprimento do desígnio que estivera oculto desde tempos eternos. Cristo estava prestes a visitar nosso mundo, e a encarnar. [...] Aos olhos do mundo, não possuía beleza para que O desejassem; e não obstante era o encarnado Deus, a luz do Céu na Terra. Sua glória estava encoberta, Sua grandeza e majestade ocultas, para que pudesse atrair a Si os tentados e sofredores." CI 29 4 4. Talvez a prova mais importante do verdadeiro profeta seja encontrada em sua vida, obra e influência de seus ensinos. Cristo anunciou esse teste em Mateus 7:15, 16: "Por seus frutos os conhecereis." CI 29 5 Ao vermos os frutos manifestados na vida daqueles que têm atendido aos conselhos do Espírito de Profecia constatamos que são bons. Os testemunhos têm produzido bons frutos. Quando olhamos para a igreja, sabendo que temos sido conduzidos por várias linhas de atividade por esses conselhos, temos de reconhecer que a obra da Sra. White foi mensurada por essa prova. A unidade de ensino nos escritos preparados num período de mais de setenta anos, também dá positivo testemunho da integridade do dom. CI 29 6 Provas práticas de um verdadeiro profeta -- Além dessas quatro grandes provas bíblicas, o Senhor têm dado evidências que deixam claro que a obra possui Sua direção. Entre essas estão: CI 29 7 1. A oportunidade da mensagem. O povo de Deus acha-se em especial necessidade e a mensagem vem justamente a tempo de atendê-la, como aconteceu com a primeira visão dada à Sra. White. CI 29 8 2. A natureza prática de suas mensagens. A informação revelada à Sra. White nas visões era de cunho prático, atendendo a necessidades práticas. Observe o modo com que os conselhos do testemunho se aplicam de modo prático à nossa vida diária. CI 29 9 3. O elevado plano espiritual das mensagens. Elas não tratam de assuntos insignificantes ou comuns, mas de grandes e elevados temas. CI 29 10 4. A maneira como as visões foram dadas. Muitas das visões foram acompanhadas por fenômenos físicos já descritos aqui. A experiência da Sra. White em visão foi similar à dos profetas bíblicos. CI 30 1 5. As visões eram experiências definidas e não apenas impressões. Em visão, a Sra. White via, ouvia, sentia e recebia instrução de anjos. As visões não poderiam ser consideradas excitação ou imaginação. CI 30 2 6. A Sra. White não era controlada por aqueles que a cercavam. Para um homem ela escreveu: "Você acha que as pessoas podem influenciar minha mente. Se assim é, então não me pode ser confiada a obra de Deus." CI 30 3 7. Sua obra foi reconhecida pelos contemporâneos. Tanto aqueles na Igreja que viveram e trabalharam com ela, como muitos outros que não pertenceram à igreja, todos a reconheceram como "a mensageira do Senhor". Os mais íntimos tinham grande confiança em seu chamado e obra. CI 30 4 O quádruplo teste bíblico e as evidências adicionais anteriormente apresentadas nos garantem que a obra de Ellen G. White procede de Deus, e é digna de inquestionável confiança. CI 30 5 Os muitos livros de E. G. White estão cheios de conselhos e instruções de valor permanente para a Igreja. Quer esses testemunhos sejam de natureza mais geral quer dirigidos a famílias e indivíduos, eles nos são proveitosos hoje em dia. A esse respeito, a Sra. White diz: "Visto as advertências e instruções ministradas por meio de testemunhos a casos individuais se aplicarem com igual propriedade a muitos outros que não foram neles especialmente mencionados, pareceu-me um dever publicar esses testemunhos individuais em benefício da Igreja. [...] Não conheço melhor meio de apresentar o meu modo de ver acerca dos erros e perigos gerais, bem como acerca dos deveres dos que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos, do que publicar estes testemunhos." É uso errôneo dos testemunhos lê-los a fim de encontrar algum ponto no qual a condenação de um membro da Igreja possa encontrar base. Os testemunhos nunca devem ser usados como uma clava para obrigar algum irmão ou irmã a ver as coisas justamente como os outros as vêem. Há assuntos que precisam ser deixados para o indivíduo resolver a sós com Deus. CI 30 6 Os conselhos deveriam ser estudados visando a encontrar os princípios básicos que se aplicam à nossa vida hoje. O coração humano é o mesmo em todo o mundo; os problemas de um são frequentemente os problemas de outro. Ellen White escreveu: "Na repreensão dos erros de um, Deus pretende corrigir a muitos." "Ele torna claro os erros de alguns para que outros sejam assim advertidos." CI 30 7 Próximo ao fim de sua existência, a Sra. White deu o seguinte conselho: CI 30 8 "Por meio de Seu Santo Espírito a voz de Deus nos tem vindo continuamente em advertências e instruções [...] O tempo e a provação não anularam as instruções dadas [...] As instruções dadas nos primeiros tempos da mensagem, devem ser conservadas como instruções dignas de confiança para se seguirem nesses seus dias finais." CI 30 9 Os conselhos que se seguem foram extraídos de vários livros de E. G. White, mas principalmente dos três volumes dos Testemunhos Seletos, a edição mundial dos Testemunhos Para a Igreja, e representam as linhas de instrução entendidas como as mais úteis para a Igreja, em áreas onde as limitações dos membros da Igreja tornam impossível a publicação de mais que um único volume de tamanho moderado. A obra de selecionar e arranjar esses conselhos foi feita por uma grande comissão sob autorização do Conselho Administrativo dos Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, a quem foi designada a responsabilidade de cuidar dos conselhos do Espírito de Profecia. As seleções são sucintas e restritas à declaração de princípios básicos práticos; assim uma ampla gama de assuntos foi incluída. CI 31 1 "Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis". 2 Crônicas 20:20. Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, Washington, D.C., 22 de Julho de 1957, Revisado em 1 de Janeiro de 1990 ------------------------Capítulo 1 -- Uma visão acerca da recompensa dos fiéis CI 32 1 Enquanto eu estava orando junto ao altar da família, o Espírito Santo me sobreveio, e pareceu-me estar subindo mais e mais alto da escura Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: "Olha novamente, e olha um pouco mais para cima." Com isso olhei mais para o alto e vi um caminho reto e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. Havia uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual um anjo me disse ser o "clamor da meia-noite". Essa luz brilhava em toda extensão do caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que assim não tropeçassem. Se conservassem o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os para a cidade, estariam seguros. Mas logo alguns ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado antes. Então Jesus os animava, levantando Seu glorioso braço direito, e de Seu braço saía uma luz que incidia sobre o povo do advento, e todos clamavam: "Aleluia!" Outros temerariamente negavam a existência da luz atrás deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. Então, a luz atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas, de modo que tropeçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo tenebroso e ímpio. Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de cento e quarenta e quatro mil, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram que era um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus a hora, o Espírito Santo nos envolveu, e nosso rosto brilhou com o esplendor da glória de Deus, como aconteceu com Moisés, na descida do monte Sinai. CI 32 2 Os cento e quarenta e quatro mil estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga de Satanás [aqueles que haviam escolhido seguir a Satanás] reconheceu que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns aos outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e eles adoraram a nossos pés. CI 33 1 Logo nossos olhares foram dirigidos ao oriente, pois aparecera uma nuvenzinha escura aproximadamente do tamanho da metade da mão de homem, a qual todos nós soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos nós em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e brilhante, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte inferior tinha aparência de fogo: o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cântico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda, uma trombeta de prata. Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente penetravam Seus filhos. Todos os rostos empalideceram; e o daqueles a quem Deus havia rejeitado se tornaram negros. Todos nós exclamamos então: "Quem poderá estar em pé? Estão as minhas vestes sem mancha?" Então os anjos cessaram de cantar, e houve algum tempo de terrível silêncio, quando Jesus falou: "Aqueles que têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; Minha graça vos basta." Com isso nos iluminou o rosto e encheu de alegria o coração. E os anjos tocaram mais fortemente e tornaram a cantar, enquanto a nuvem mais se aproximava da Terra. CI 33 2 Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então os olhos e mãos ao céu, e exclamou: "Despertai! despertai! despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!" Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os cento e quarenta e quatro mil clamaram "Aleluia!", quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares. CI 33 3 Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, onde Jesus trouxe as coroas, e com Suas próprias mãos as colocou sobre nossa cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. Ali, sobre o mar de vidro, os cento e quarenta e quatro mil ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa. E todos estavam vestidos com um glorioso manto branco, dos ombros aos pés. Havia anjos de todos os lados em redor de nós quando caminhávamos sobre o mar de vidro em direção à porta da cidade. Jesus levantou o potente e glorioso braço, segurou o portal de pérolas, fê-lo girar sobre seus luzentes gonzos, e nos disse: "Lavastes vossas vestes em Meu sangue, permanecestes firmes pela Minha verdade: entrai." Todos entramos e sentíamos ter direito à cidade. CI 34 1 Ali vimos a árvore da vida e o trono de Deus. Do trono provinha um rio puro de água, e de cada lado do rio estava a árvore da vida. De um lado do rio havia um tronco da árvore, e do outro lado outro, ambos de ouro puro e transparente. A princípio pensei que via duas árvores. Olhei outra vez e vi que elas se uniam em cima numa só árvore. Assim, estava a árvore da vida em ambos os lados do rio da vida. Seus ramos curvavam-se até o lugar em que nos achávamos, e seu fruto era esplêndido; tinha o aspecto de ouro misturado com prata. CI 34 2 Todos nós fomos debaixo da árvore, e sentamo-nos para contemplar o encanto daquele lugar, quando os irmãos Fitch e Stockman, que tinham pregado o evangelho do reino, e a quem Deus depusera na sepultura para os salvar, se achegaram a nós e nos perguntaram o que acontecera enquanto eles haviam dormido. Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos -- "Aleluia! é muito fácil alcançar o Céu!" -- e tocamos nossas gloriosas harpas e fizemos com que as arcadas do Céu reboassem. CI 34 3 Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra, sobre uma grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a Jesus sobre si, partiu-se em duas, formando uma grande planície. Olhamos então para cima e vimos a grande cidade, com doze fundamentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Todos exclamamos: "A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus descendo do Céu"; e ela veio e se pôs no lugar em que nos achávamos. Pusemos então a observar as coisas gloriosas fora da cidade. Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoiadas por quatro colunas marchetadas de pérolas preciosas, muito agradáveis à vista. Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia uma prateleira de ouro. Vi muitos dos santos entrarem nas casas, tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na prateleira, saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra; não como temos de fazer com a terra aqui, não, absolutamente. Uma gloriosa luz lhes resplandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente louvando a Deus. CI 34 4 Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores; e quando as apanhei, exclamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam. Dali, entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso; os ramos das árvores agitavam-se de um para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos nos bosques." Atravessamos os bosques, pois estávamos a caminho do Monte Sião. CI 35 1 No trajeto encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que por Ele haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. O Monte Sião estava exatamente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios. E vi as crianças subirem, ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao alto das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão. Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espécies de árvores; o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira, curvada ao peso de seus figos maduros, embelezavam aquele local. E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os cento e quarenta e quatro mil entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia"! CI 35 2 Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engastadas de pérolas belíssimas. As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh! se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do mundo melhor. Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos cento e quarenta e quatro mil. Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos deixou e foi à cidade. Logo Lhe ouvimos de novo a delicada voz, dizendo: "Vinde, povo Meu: viestes da grande tribulação, e fizestes Minha vontade; sofrestes por Mim; vinde à ceia, pois Eu Me cingirei e vos servirei." Nós exclamamos: "Aleluia! Glória"! e entramos na cidade. E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo nossos olhares podiam alcançá-la toda. Vi o fruto da árvore da vida, o maná, amêndoas, figos, romãs, uvas e muitas outras espécies de frutas. Pedi a Jesus que me deixasse comer do fruto. Disse Ele: "Agora não. Os que comem do fruto deste lugar, não mais voltam à Terra. Mas, dentro em pouco, se fores fiel, não somente comerás do fruto da árvore da vida mas beberás também da água da fonte." E disse: "Deves novamente voltar à Terra, e relatar a outros o que te revelei." Então um anjo me trouxe mansamente a este mundo escuro. Algumas vezes penso que não mais posso permanecer aqui; todas as coisas da Terra parecem demasiado áridas. Sinto-me muito solitária aqui, pois vi uma Terra melhor. Oh! tivesse eu asas como a pomba, e voaria e estaria em descanso! -- Primeiros Escritos, 14-20. ------------------------Capítulo 2 -- O tempo do fim CI 36 1 Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, que se cumprem rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos já estão caindo sobre os que desprezam a graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são assombrosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. CI 36 2 As forças do mal estão se arregimentando e se consolidando. Elas estão se robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a ocorrer no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. CI 36 3 As condições do mundo mostram que estão iminentes tempos angustiosos. Os jornais estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrência freqüente. As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassinatos. Homens possuídos de demônios tiram a vida de homens, mulheres e crianças. Os homens têm-se enchido de vícios, e estão generalizados todos os tipos de males. O inimigo tem conseguido perverter a justiça e encher do desejo de ganho egoísta o coração das pessoas. "A justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar". Isaías 59:14. Nas cidades grandes há multidões vivendo em pobreza e miséria, quase privadas de alimento, abrigo e vestuário; ao passo que nas mesmas cidades há os que têm mais do que o coração poderia desejar, que vivem no luxo, gastando o dinheiro com casas ricamente mobiliadas, com adornos pessoais, ou pior ainda, com a satisfação das paixões carnais, com bebidas alcoólicas, fumo e outros artigos que destroem as faculdades do cérebro, desequilibram a mente e degradam a vida. Sobem para Deus os clamores da humanidade que perece de fome, ao mesmo tempo em que, por toda sorte de opressões e extorsões, os homens acumulam fortunas colossais. CI 36 4 Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova York, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar sobre andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido construídos para glorificar seus proprietários e construtores. Erguiam-se eles cada vez mais alto, e neles era empregado o mais precioso material. Aqueles a quem essas construções pertenciam não perguntavam a si mesmos: "Como melhor poderemos glorificar a Deus?" O Senhor não fazia parte de suas cogitações. [...] CI 37 1 Enquanto se erguiam esses edifícios, os proprietários se regozijavam com ambicioso orgulho de que tivessem dinheiro para empregar na satisfação do próprio eu e provocar a inveja de seus vizinhos. Grande parte do dinheiro que assim empregavam havia sido alcançado por extorsões, oprimindo os pobres. Esqueciam-se de que no Céu se conserva registro de todas as transações comerciais; todo trato injusto, cada ato fraudulento, acha-se ali registrado. [...] CI 37 2 A cena que em seguida passou perante mim foi um alarme de incêndio. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente à prova de fogo, e diziam: "Estão perfeitamente seguros." Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de piche. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os bombeiros não podiam fazer funcionar as máquinas. CI 37 3 Fui instruída de que quando vier o tempo do Senhor, se não houver sido realizada mudança no coração dos soberbos, ambiciosos seres humanos, descobrirão os homens que a mão que fora forte para salvar, será igualmente forte para destruir. Nenhuma força terrestre poderá deter a mão de Deus. Não há como, na construção de edifícios, usar material que os preserve da destruição quando vier o tempo determinado por Deus para fazer cair sobre os homens as retribuições do desrespeito à Sua lei e também da ambição egoísta. CI 37 4 Não há muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as causas que servem de base para o presente estado da sociedade. Os que têm nas mãos as rédeas do governo não têm condições de resolver o problema da corrupção moral, da pobreza, da miséria e do crime crescente. Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais sobre base mais segura. Se os homens dessem mais atenção aos ensinamentos da Palavra de Deus, achariam uma solução para os problemas que os desconcertam. CI 37 5 As Escrituras descrevem a condição do mundo exatamente antes da segunda vinda de Cristo. Dos homens que por meio de roubos e extorsões estão acumulando grandes riquezas, está escrito: "Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a Terra, e vos deleitasses; cevastes os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu". Tiago 5:3-6. CI 37 6 Quem, no entanto, lê as advertências feitas pelos sinais dos tempos, as quais estão se cumprindo rapidamente? Que impressão é causada sobre os mundanos? Que mudança se vê em sua atitude? Nada mais do que foi visto na atitude dos habitantes do mundo contemporâneo de Noé. Absortos com negócios e prazeres profanos, os antediluvianos "não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos". Mateus 24:39. Tinham advertências, enviadas do Céu, mas recusaram-se a lhes dar atenção. E hoje o mundo, em completo desrespeito à voz de Deus, apressa-se para a ruína eterna. CI 38 1 O mundo está agitado pelo espírito de guerra. A profecia do capítulo onze de Daniel atingiu quase o seu cumprimento completo. Logo se darão as cenas de perturbação das quais falam as profecias. CI 38 2 "Eis que o Senhor esvazia a Terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores. [...] Porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a Terra; e os que habitam nela serão desolados. [...] Cessou o folguedo dos tamboris, acabou o ruído dos que pulam de prazer, e descansou a alegria da harpa". Isaías 24:1-8. CI 38 3 "Ah! Aquele dia! Porque o dia do Senhor está perto e virá como uma assolação do Todo-poderoso". Joel 1:15. [...] CI 38 4 "Observei a Terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e que todas as suas cidades estavam derribadas". Jeremias 4:23-26. CI 38 5 "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó; ele porém será livrado dela". Jeremias 30:7. CI 38 6 Nem todos neste mundo tomaram o partido dos inimigos de Deus. Nem todos se tornaram desleais. Uns poucos existem que são fiéis a Deus; pois escreve João: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus". Apocalipse 14:12. Logo será travada a violenta luta entre os que servem a Deus e os que O não servem. Logo tudo que pode ser abalado o será, para que permaneçam as coisas que não podem ser abaladas. CI 38 7 Satanás é diligente estudante da Bíblia. Sabe que seu tempo é curto e procura em todos os pontos opor-se à obra do Senhor na Terra. É impossível dar uma idéia da experiência do povo de Deus que há de viver na Terra quando se misturarem a glória celestial e a repetição das perseguições do passado. Eles andarão à luz que procede do trono de Deus. Por meio dos anjos haverá constante comunicação entre o Céu e a Terra. E Satanás, rodeado de anjos maus, e declarando-se Deus, operará milagres de todas as espécies, para enganar, se possível, os próprios eleitos. O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres; pois Satanás imitará os milagres que forem operados. O provado e experimentado povo de Deus, encontrará seu poder no sinal de que fala. Êxodo 31:12-18. Hão de postar-se do lado da palavra viva: "Está escrito". Mateus 4:4. Essa é a única base sobre que poderão estar seguros. Os que quebraram o seu concerto com Deus estarão naquele dia sem Deus e sem esperança. CI 39 1 Os adoradores de Deus serão distinguidos especialmente pelo seu respeito ao quarto mandamento, visto ser esse o sinal do poder criador de Deus e a testemunha do Seu direito de reclamar a reverência e a homenagem do homem. Os ímpios serão distinguidos pelos seus esforços para demolir o monumento comemorativo do Criador e exaltar a instituição de Roma. Na conclusão do conflito, todo o cristianismo ficará dividido em dois grandes grupos: Os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Embora Igreja e Estado unam o seu poder para obrigar a todos, "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos contemplou "os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, [...] e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2, 3. CI 39 2 Tremendas provas e aflições aguardam ao povo de Deus. O espírito de guerra está incitando as nações de um a outro extremo da Terra. Mas em meio ao tempo de angústia que está para vir -- tempo de angústia qual nunca houve desde que existe nação -- o povo escolhido de Deus ficará inabalável. Satanás e seu exército não o poderão destruir; pois anjos magníficos em poder o protegerão. -- Testimonies for the Church 9:11-17. ------------------------Capítulo 3 -- Como preparar-se para o encontro com o Senhor CI 40 1 Vi que não devemos retardar a vinda do Senhor. Disse o anjo: "Preparem-se, preparem-se para o que há de vir sobre a Terra. Correspondam suas obras à fé que vocês professam." Vi que a mente deve estar firme em Deus, e que nossa influência deve testemunhar de Deus e Sua verdade. Não podemos honrar o Senhor quando somos descuidosos e indiferentes. Não O podemos glorificar quando estamos desalentados. Cumpre-nos ser sinceros para assegurar a salvação do próprio ser, e para salvar a outros. Devemos dar a isto toda a importância, e tudo mais deve vir em segundo lugar. CI 40 2 Vi a beleza do Céu. Ouvi os anjos cantarem seus cânticos arrebatadores, rendendo louvor, honra e glória a Jesus. Pude então avaliar alguma coisa do assombroso amor do Filho de Deus. Ele abandonou toda a glória, toda a honra que tinha no Céu, e tão interessado estava em nossa salvação, que suportou paciente e mansamente toda a indignidade e desprezo que o homem sobre Ele pôde amontoar. Foi ferido, machucado, moído; foi estendido na cruz do Calvário, e sofreu a mais angustiosa das mortes, para que da morte nos salvasse; para que fôssemos lavados em Seu sangue, e ressuscitados para viver com Ele nas mansões que está preparando para nós, e pudéssemos desfrutar a luz e a glória do Céu, ouvir os anjos cantarem, e com eles cantarmos também. CI 40 3 Vi que todo o Céu está interessado em nossa salvação; e seremos nós indiferentes? Seremos descuidosos, como se fosse coisa de pouca importância estarmos salvos ou perdidos? Menosprezaremos o sacrifício feito por nós? Alguns assim têm feito. Têm brincado com a misericórdia que lhes é oferecida, e o desagrado de Deus está sobre eles. O Espírito de Deus não será para sempre ofendido. Retirar-Se-á, caso seja ofendido por um pouco mais de tempo. Depois de ter sido feito tudo quanto Deus podia fazer para salvar os homens, caso eles mostrem por sua vida que menosprezam a oferecida misericórdia de Jesus, a morte será o quinhão deles e elevado o preço a ser pago. Será uma terrível morte; pois terão de sofrer a angústia sentida por Cristo, na cruz, a fim de adquirir para eles a redenção que recusaram. E compreenderão aí o que perderam -- a vida eterna, a herança imortal. O grande sacrifício feito para salvar vidas humanas, mostra-nos o valor delas. Uma vez perdida a preciosa vida, está perdida para sempre. CI 41 1 Vi um anjo com balanças na mão, pesando os pensamentos e interesses do povo de Deus, especialmente dos jovens. Num prato estavam os pensamentos e interesses que tendiam para o Céu; no outro achavam-se os que se inclinavam para a Terra. E nessa balança era lançada toda leitura de romances, pensamentos acerca do vestuário e exibição, vaidade, orgulho, etc. Oh! que momento solene! Os anjos de Deus em pé com balanças, pesando os pensamentos de Seus professos filhos -- aqueles que pretendem estar mortos para o mundo e vivos para Deus! O prato cheio dos pensamentos da Terra, vaidade e orgulho, desceu rapidamente, e não obstante peso após peso rolou do prato. O que continha os pensamentos e interesses que se voltavam para o Céu subiu ligeiro enquanto o outro descia e, oh! quão leve estava ele! Posso relatar isso pelo que vi, mas nunca poderei dar a impressão solene e vívida gravada em minha mente, ao ver o anjo com a balança pesando os pensamentos e interesse do povo de Deus. Disse o anjo: "Podem esses entrar no Céu? Não, não, nunca. Diga-lhes que a esperança que agora possuem é vã, e a menos que se arrependam depressa e obtenham a salvação, hão de perecer." CI 41 2 Uma forma de piedade não salvará ninguém. Todos devem possuir profunda e viva experiência. Unicamente isso os salvará no tempo de angústia. Então será provada de que espécie é sua obra; e se ela for ouro, prata e pedras preciosas, eles serão ocultos no Seu pavilhão. Mas, se sua obra for madeira, feno ou palha, coisa alguma os poderá proteger do furor da ira de Jeová. [...] CI 41 3 Vi que muitos se comparam entre eles mesmos, e comparam sua vida com a de outros. Não deve ser assim. Ninguém, senão Cristo, nos é dado como exemplo. Ele é nosso verdadeiro modelo, e todos devem esforçar-se por imitá-Lo. Ou somos coobreiros de Cristo, ou coobreiros do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. Ou somos cristãos decididos, de todo o coração, ou nada somos. Diz Cristo: "Tomara que foras frio ou quente! Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca". Apocalipse 3:15, 16. CI 41 4 Vi que muitos mal sabem ainda o que seja abnegação ou sacrifício, ou o que seja sofrer por amor da verdade. Mas ninguém entrará no Céu sem fazer algum sacrifício. Cumpre cultivar o espírito de abnegação e sacrifício. Alguns não se sacrificaram a si mesmos, a seu corpo, sobre o altar de Deus. Condescendem com o temperamento caprichoso, impulsivo, satisfazem os próprios apetites e cuidam dos próprios interesses egoístas, sem consideração para com a causa de Deus. Os que estiverem dispostos a fazer qualquer sacrifício pela vida eterna, tê-la-ão; e vale a pena que soframos por sua causa, que por ela crucifiquemos o próprio eu, e sacrifiquemos todo ídolo. O excelente peso eterno de glória absorve tudo, e eclipsa todo prazer terreno. -- Testimonies for the Church 1:123-126. ------------------------Capítulo 4 -- União com Cristo e com os amados irmãos CI 42 1 Unidade com Cristo em Deus -- É propósito de Deus que haja unidade entre Seus filhos. Não esperam viver juntos no mesmo Céu? Está Cristo dividido contra Si mesmo? Dará Ele êxito ao Seu povo antes de removerem eles o lixo da suspeita e da discórdia, antes que os obreiros, em unidade de propósitos, dediquem coração e mente à obra que é tão santa aos olhos de Deus? A união faz a força; a desunião enfraquece. Unidos uns aos outros, trabalhando juntos, em harmonia, pela salvação dos homens, seremos na verdade "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. Os que se recusam a trabalhar em boa harmonia desonram grandemente a Deus. O inimigo deleita-se em vê-los trabalhando para fins mutuamente contrários. Essas pessoas precisam cultivar o amor fraternal e a ternura de coração. Se pudessem correr a cortina que lhes vela o futuro e ver o resultado de sua desunião, por certo seriam levados a arrepender-se. CI 42 2 Nossa única segurança -- O mundo está a olhar com satisfação para a desunião entre os cristãos. Os infiéis com isso se alegram. Deus requer uma mudança entre o Seu povo. A união com Cristo e dos crentes entre si é nossa única segurança nestes últimos dias. Não tornemos possível que Satanás aponte para os nossos membros da igreja, dizendo: "Eis como este povo, que se põe sob o estandarte de Cristo, se odeia entre si! Nada temos que temer deles, enquanto gastam mais esforço combatendo-se mutuamente, do que na luta contra as minhas forças." CI 42 3 Depois de receberem o Espírito Santo, os discípulos saíram a proclamar um Salvador ressurgido, sendo seu desejo único a salvação das pessoas. Regozijavam-se na doce comunhão com os santos. Eram ternos, corteses, abnegados, dispostos a fazer qualquer sacrifício pela causa da verdade. Em sua diária associação mútua, revelavam o amor que Cristo lhes ordenara revelar. Por palavras e atos abnegados, procuravam acender esse amor noutros corações. CI 42 4 Os crentes devem sempre acariciar o amor que enchia o coração dos apóstolos depois de receberem o Espírito Santo. Devem avançar em obediência voluntária ao novo mandamento. "Como Eu vos amei a vós, devem achar-se ligados a Cristo que serão capacitados para cumprir Suas exigências. O poder de um Salvador capaz de os justificar por Sua justiça, deve ser engrandecido. CI 43 1 Mas os primitivos cristãos começaram a procurar defeitos uns nos outros. Pensando nos erros alheios, permitindo-se críticas indelicadas, perderam de vista o Salvador e o grande amor por Ele revelado aos pecadores. Tornaram-se mais exigentes no tocante às cerimônias exteriores, mais rigorosos quanto à teoria da fé, mais severos em suas críticas. Em seu zelo por condenar outros, esqueceram-se de seus próprios erros. Esqueceram a lição de amor fraternal que Cristo lhes ensinara, e o mais triste de tudo foi que se demonstraram inconscientes de sua perda. Não perceberam que estavam perdendo a alegria e a felicidade, e que logo estariam andando em trevas, tendo excluído do coração o amor de Deus. CI 43 2 O apóstolo João reconhecia que o amor fraternal estava a declinar na igreja, e deteve-se especialmente sobre este ponto. Até ao dia de sua morte, instou com os crentes para que exercitassem constantemente entre si o amor. Suas cartas às igrejas estão repletas desse pensamento. "Amados, amemo-nos uns aos outros", escreve ele; "porque o amor é de Deus. [...] Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Amados, se Deus assim nos amou, também nos devemos amar uns aos outros". 1 João 4:7, 9, 11. CI 43 3 Na igreja de Deus há hoje grande falta de amor fraternal. Muitos dos que professam amar o Salvador deixam de amar os que a eles se acham unidos em comunhão cristã. Somos da mesma fé, membros de uma família, filhos todos do mesmo Pai celestial, tendo a mesma bendita esperança da imortalidade. Quão íntimo e terno não deveria ser o laço que nos une! O povo do mundo observa-nos para ver se nossa fé está exercendo influência santificadora sobre nosso coração. São rápidos para discernir qualquer defeito de nossa vida, qualquer incoerência de nossos atos. Não lhe demos ocasião para vituperar nossa fé. CI 43 4 Harmonia e união: nosso mais forte testemunho -- Não é a oposição do mundo que mais perigo nos faz correr; é o mal acariciado no coração dos professos crentes, que nos inflige o mais grave dano e mais retarda o progresso da causa de Deus. Não há meio mais seguro de enfraquecer nossa espiritualidade do que a inveja e a suspeita mútuas, cheias de censuras e desconfianças. "Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia". Tiago 3:15-17. CI 43 5 A harmonia e a união que existem entre homens de disposições várias constituem o mais forte testemunho que se possa dar de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvar os pecadores. É nosso privilégio dar este testemunho. Mas para isso fazer, precisamos colocar-nos sob a ordem de Cristo. Nosso caráter tem que ser moldado de conformidade com o caráter dEle, nossa vontade tem que ser rendida à Sua. Então trabalharemos juntos sem um pensamento de colisão. CI 44 1 Pequeninas divergências acariciadas levam a ações que destroem a comunhão cristã. Não permitamos ao inimigo alcançar assim vantagens sobre nós. Continuemos aproximando-nos mais de Deus e uns dos outros. Então seremos como árvores de justiça, plantadas pelo Senhor e regadas pelo rio da vida. E quão frutíferos não seremos! Não disse porventura Cristo: "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto"? João 15:8. [...] CI 44 2 Quando o povo de Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticar na vida diária as instruções nela contidas, a unidade de ação será um fato em nossas fileiras. Irmão estará ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito de Deus, unicamente, é que pode efetuar essa unidade. Aquele que santificou a Si mesmo, pode santificar também a Seus discípulos. Unidos a Ele, estaremos também unidos entre nós, na mais santa fé. Quando buscarmos essa unidade com o empenho que Deus deseja, iremos alcançá-la. -- Testimonies for the Church 8:240-243. CI 44 3 Não é o grande número de instituições, grandes edifícios, e a aparência externa, que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus e precioso, unido um ao outro, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. Cada homem deve estar em seu lugar, desempenhando a sua tarefa, exercendo influência correta em pensamento, palavras e ações. Quando todos os obreiros assim procederem, e não antes, Sua obra será um todo completo e simétrico. -- Testimonies for the Church 8:183. CI 44 4 O Senhor chama homens de fé genuína e mente sadia, homens que reconheçam a distinção existente entre o verdadeiro e o falso. Cada qual deve estar de sobreaviso, estudando e pondo em prática as lições ministradas no capítulo dezessete de João, e mantendo fé viva na verdade para este tempo. Precisamos desse domínio próprio que nos habilita a pôr os hábitos em harmonia com a oração de Cristo. -- Testimonies for the Church 8:239. CI 44 5 O coração do Salvador está posto em Seus seguidores que cumprem o propósito de Deus em toda a sua altura e profundidade. Devem eles ser um nEle, embora se achem espalhados por todo o mundo. Mas Deus não os pode fazer um em Cristo, a menos que estejam dispostos a renunciar a sua vontade pela vontade dEle. -- Testimonies for the Church 8:243. CI 44 6 Cooperação -- No estabelecimento de instituições em novos campos, é muitas vezes necessário colocar responsabilidades sobre pessoas não plenamente familiarizadas com os pormenores da obra. Essas pessoas trabalham com grande desvantagem e, a menos que elas e seus coobreiros tenham interesse abnegado na instituição do Senhor, disso resultará um estado de coisas que comprometerá sua prosperidade. CI 45 1 Julgam muitos que o ramo de trabalho em que estão empenhados só interessa a eles e que ninguém mais deveria a seu respeito fazer sugestão alguma. Esses mesmos podem ser ignorantes quanto aos melhores métodos de conduzir a obra; contudo, se alguém ousa dar-lhes conselhos, sentem-se ofendidos e tornam-se mais decididos a seguir seu critério independente. Outras vezes, obreiros há que não estão dispostos a ajudar nem a instruir seus companheiros. Há também aqueles, inexperientes, que não desejam que sua ignorância se torne conhecida. Cometem erros, à custa de muito tempo e material, porque são orgulhosos demais para pedir conselho. CI 45 2 Não é difícil determinar a causa das dificuldades. Os obreiros formam como que os fios independentes, quando deveriam ter-se considerado fios que têm que ser tecidos juntos, a fim de concorrerem para formar o quadro total. CI 45 3 Essas coisas ofendem o Espírito Santo. Deus deseja que aprendamos uns dos outros. A não santificada independência coloca-nos no lugar em que Ele não pode trabalhar conosco. Satanás é que muito se agrada com tal estado de coisas. [...] CI 45 4 Todo obreiro será provado para ver se está trabalhando pelo progresso da instituição do Senhor ou para servir aos seus próprios interesses. [...] CI 45 5 O pecado que mais se aproxima de ser desesperançadamente incurável é o orgulho da opinião própria e o egoísmo. Isso impede todo o crescimento. Quando o homem tem defeitos de caráter, e deixa de reconhecê-los; quando está tão possuído de presunção que não vê a sua falta, como pode então ser purificado? "Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes". Mateus 9:12. Como pode alguém ser aperfeiçoado, se já se considera perfeito? -- Testimonies for the Church 7:197-200. CI 45 6 Ninguém, senão o cristão sincero, pode ser um real cavalheiro. -- Testimonies for the Church 7:199. ------------------------Capítulo 5 -- Cristo nossa justiça CI 46 1 Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. Deus requer que confessemos nossos pecados e perante Ele humilhemos o coração; devemos, porém, ao mesmo tempo ter confiança nEle como um terno Pai, que não abandona aqueles que nEle põem a confiança. Muitos dentre nós andam pela vista, e não pela fé. Cremos nas coisas que se vêem, mas não avaliamos as preciosas promessas que nos são dadas na Palavra de Deus; e no entanto não podemos desonrar a Deus mais decididamente do que mostrando que desconfiamos do que Ele diz, e pomos em dúvida se o Senhor é sincero para conosco ou nos está enganando. CI 46 2 Deus não Se desanima conosco por causa de nossos pecados. Podemos cometer erros e ofender o Seu Espírito: mas quando nos arrependemos e vamos ter com Ele com o coração contrito, Ele não nos faz voltar. Há empecilhos a serem removidos. Sentimentos errados estão sendo acariciados, e tem havido orgulho, presunção, impaciência e murmurações. Tudo isso nos separa de Deus. Os pecados devem ser confessados; tem de haver mais profunda obra de graça no coração. Os que se sentem fracos e desanimados podem tornar-se fortes varões de Deus e fazer nobre trabalho pelo Mestre. Devem, porém, trabalhar de um ponto de vista elevado; não devem ser influenciados por quaisquer motivos egoístas. CI 46 3 Temos de aprender na escola de Cristo. Coisa alguma senão a Sua justiça pode dar-nos direito a uma única das bênçãos do concerto da graça. Por muito tempo desejamos e procuramos obter essas bênçãos, mas não as recebemos porque temos acariciado a idéia de que poderíamos fazer alguma coisa para nos tornar dignos delas. Não temos olhado para fora de nós mesmos, crendo que Jesus é um Salvador vivo. Não devemos pensar que nossa própria graça e méritos nos salvem; a graça de Cristo é nossa única esperança de salvação. Por meio de Seu profeta promete o Senhor: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar". Isaías 55:7. Temos de crer na clara promessa, e não aceitar os sentimentos em lugar da fé. Quando confiarmos plenamente em Deus, quando nos apoiarmos nos méritos de Jesus como Salvador que perdoa os pecados, receberemos todo o auxílio que possamos desejar. CI 47 1 Olhamos para nós mesmos, como se tivéssemos poder para nos salvar; mas Jesus morreu por nós porque somos incapazes de isso fazer. NEle está nossa esperança, nossa justificação, nossa justiça. Não devemos ficar desanimados, temendo não termos um Salvador, ou que Ele não tenha pensamentos de misericórdia para conosco. Agora mesmo está Ele prosseguindo em Sua obra em nosso favor, convidando-nos para nos chegarmos a Ele em nosso desamparo, e sermos salvos. Desonramo-Lo por nossa incredulidade. É espantoso como tratamos o melhor de nossos amigos, quão pouca confiança depositamos nAquele que é capaz de nos salvar perfeitamente, e que nos deu toda prova de Seu grande amor. CI 47 2 Meus irmãos, porventura esperais que vosso mérito vos recomende ao favor de Deus, pensando que tendes de estar isentos de pecado antes de poder confiar em Seu poder para salvar? Se esta é a luta que se processa em vosso espírito, receio que não haveis de obter força, desanimando-vos afinal. CI 47 3 No deserto, quando o Senhor permitiu que serpentes venenosas picassem os rebeldes israelitas, Moisés foi instruído a levantar uma serpente ardente e ordenar a todos os feridos que olhassem para ela, a fim de viverem. Muitos, porém, não viram auxílio nesse remédio designado pelo Céu. Os mortos e moribundos rodeavam-nos por toda parte, e bem sabiam que sem o auxílio divino sua sorte estava selada; mas lamentavam seus ferimentos, suas dores e morte certa, até que se lhes esvaíssem as forças e os olhos se tornavam vidrados, quando podiam ter recebido cura instantânea. CI 47 4 "Como Moisés levantou a serpente no deserto", assim o Filho do homem foi "levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:14, 15. Se sois conscientes de vossos pecados, não dediqueis todas as vossas faculdades a lamentá-los, mas olhai e vivei. Jesus é nosso único Salvador; e embora milhões de pessoas que carecem de cura rejeitem a misericórdia por Ele oferecida, ninguém que confie em Seus méritos será deixado a perecer. Conquanto reconheçamos nosso estado de desamparo sem Cristo, não nos devemos desanimar; devemos confiar num Salvador crucificado e ressurreto. Pobre alma, desanimada e ferida do pecado, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará a todos os que se chegarem a Ele. CI 47 5 Vinde a Jesus, e tereis descanso e paz. Podeis ter agora mesmo essa bênção. Satanás sugere que sois desamparados, que não podeis abençoar-vos a vós mesmos. É verdade; sois desamparados. Mas exaltai a Jesus diante dele: "Tenho um Salvador ressurgido. NEle confio, e Ele nunca permitirá que eu seja confundido. Em Seu nome triunfarei. Ele é minha justiça e minha coroa de glória." Que ninguém aqui julgue que seu caso seja sem esperança; porque não é. Podeis ver que sois pecadores e estais arruinados; mas é justamente por esse motivo que precisais de um Salvador. Se tendes pecados a confessar, não percais tempo. Estes momentos são ouro. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. Os que têm fome e sede de justiça serão fartos, pois Jesus o prometeu. Precioso Salvador! Seus braços estão abertos para receber-nos, e Seu grande coração de amor está à espera para nos abençoar. CI 48 1 Alguns parecem julgar que têm de estar sob prova, devendo demonstrar ao Senhor que estão reformados, antes de poder invocar Suas bênçãos. Mas estes podem reclamar a bênção agora mesmo. Precisam de Sua graça, do Espírito de Cristo, para serem ajudados em suas fraquezas, ou do contrário não podem formar um caráter cristão. Jesus tem prazer em que O procuremos da maneira como estamos: pecadores, desamparados, dependentes. CI 48 2 O arrependimento, assim como o perdão, é dom de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém, senão os contritos, é perdoado; mas é a graça de Deus que torna o coração penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas e enfermidades, e nos ajudará. CI 48 3 Alguns que, pelo arrependimento e confissão, se achegam a Deus, e mesmo crêem que seus pecados estão perdoados, deixam de clamar, como deviam, as promessas de Deus. Não vêem que Jesus é um Salvador sempre presente; e não estão dispostos a confiar sua vida a Ele, contando com Ele para o aperfeiçoamento da obra da graça começada em seu coração. Conquanto pensem que se estão entregando a Deus, têm ainda grande dose de presunção. Há pessoas conscienciosas que confiam parcialmente em Deus, e parcialmente em si mesmas. Não esperam em Deus para ser guardadas por Seu poder, mas confiam na vigilância contra a tentação e no cumprimento de certos deveres, para serem por Ele aceitas. Não há vitórias nesta espécie de fé. Essas pessoas labutam sem propósito algum; têm a alma em contínua escravidão, e só encontrarão descanso quando depuserem seus fardos aos pés de Jesus. CI 48 4 Há necessidade de constante vigilância e de fervorosa e terna dedicação; isso, porém, virá naturalmente, se a alma é guardada pelo poder de Deus, mediante a fé. Nada podemos fazer, absolutamente nada, para nos recomendar ao favor divino. Não devemos absolutamente confiar em nós mesmos nem em nossas boas obras; mas quando, como seres erradios e pecadores, nos chegamos a Cristo, encontramos descanso em Seu amor. Deus aceitará a cada um dos que se chegam a Ele, confiando inteiramente nos méritos de um Salvador crucificado. Brota o amor no coração. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas haverá uma duradoura e pacífica confiança. Todo peso se tornará leve; pois leve é o jugo imposto por Cristo. O dever torna-se um deleite, e um prazer o sacrifício. O caminho que antes parecia envolta em trevas, torna-se iluminada pelos raios do Sol da Justiça. Isso é andar na luz, como Cristo na luz está. -- Mensagens Escolhidas 1:350-354. ------------------------Capítulo 6 -- Vida santificada CI 49 1 Nosso Salvador requer para Si tudo que há em nós; pede nossos primeiros e mais puros pensamentos, nossa mais pura e mais intensa afeição. Se somos realmente participantes da natureza de Deus, Seu louvor estará continuamente em nosso coração e nossos lábios. Nossa única segurança está em entregar nosso tudo a Ele e em estar constantemente crescendo na graça e no conhecimento da verdade. -- Santificação, 95. CI 49 2 A santificação exposta nas Sagradas Escrituras tem que ver com o ser todo -- as partes espiritual, física e moral. Eis a verdadeira idéia sobre a consagração perfeita. Paulo ora para que a igreja em Tessalônica possa desfrutar esta grande bênção: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". 1 Tessalonicenses 5:23. CI 49 3 Há no mundo religioso uma teoria de santificação que, em si mesma, é falsa, e perigosa em sua influência. Em muitos casos aqueles que professam santificação não possuem a genuína. Sua santificação consiste em um culto por palavras e em teoria. [...] CI 49 4 Põem de lado a razão e o juízo, e confiam completamente em seus sentimentos, baseando suas pretensões à santificação nas emoções que em algum tempo experimentaram. São teimosos e perversos em incutir suas tenazes pretensões de santidade, proferindo muitas palavras, mas não produzindo nenhum fruto precioso como prova. Essas pessoas, professamente santificadas, estão, não somente enganando seu coração por suas pretensões, como também, exercendo uma influência para desviar a muitos que desejam ardentemente conformar-se com a vontade de Deus. Elas podem ser ouvidas a reiterar vez após vez: "Deus me dirige! Deus me ensina! Estou vivendo sem pecado!" Muitos dos que chegam em contato com este espírito, encontram um escuro, misterioso quê ao qual não podem compreender. Mas é isso que é inteiramente diferente de Cristo, o único verdadeiro padrão. -- Santificação, 7, 9, 10. CI 49 5 A santificação é uma obra progressiva. Os passos sucessivos são postos perante nós nas palavras de Pedro: "Reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento: com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade: com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo". 2 Pedro 1:5-8. "Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". 2 Pedro 1:10, 11. CI 50 1 Eis aqui um procedimento pelo qual podemos ter certeza de que jamais cairemos. Aqueles que estão assim trabalhando sobre o plano de adição em obter as graças cristãs, terão a certeza de que Deus operará de acordo com o plano de multiplicação, em assegurar-lhes os dons de Seu Espírito. -- Santificação, 94, 95. CI 50 2 A santificação não é obra de um momento, uma hora, ou um dia. É um contínuo crescimento na graça. Não sabemos em um dia quão forte será nossa luta no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e precisamos cada dia clamar fervorosamente a Deus por auxílio e força para resistir-lhe. Enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer, e não há lugar de parada, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que o atingimos plenamente. [...] CI 50 3 A vida cristã é uma constante marcha avante. Jesus Se coloca como refinador e purificador de Seu povo; e quando Sua imagem estiver perfeitamente refletida neles, eles estarão perfeitos e santos, e preparados para a trasladação. Exige-se do cristão uma obra perfeita. Somos exortados a purificar-nos "de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus". 2 Coríntios 7:1. Aí vemos onde está a grande obra. Há um trabalho contínuo para o cristão. Toda vara da videira-mãe tem de tirar dela vida e força, a fim de dar fruto. João 15:4. -- Testimonies for the Church 1:340. CI 50 4 Ninguém se engane com a suposição de que Deus o perdoará e abençoará, enquanto está pisando um de Seus mandamentos. A prática voluntária de um pecado conhecido silencia a testemunhadora voz do Espírito e separa de Deus a alma. Quaisquer que sejam os êxtases do sentimento religioso, Jesus não pode habitar no coração que desrespeita a lei divina. Deus apenas honrará àqueles que O honram. -- Santificação, 92. CI 50 5 Quando Paulo escreveu: "O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo" (1 Tessalonicenses 5:23), não exortou seus irmãos a visarem uma norma que lhes era impossível atingir; não orou para que tivessem bênçãos as quais não era a vontade de Deus conceder. Ele sabia que todos os que hão de estar preparados para encontrar a Cristo em paz, precisarão possuir um caráter puro e santo Ler. 1 Coríntios 9:25-27; 1 Coríntios 6:19, 20. [...] CI 50 6 O verdadeiro princípio cristão não pára a fim de pesar as conseqüências. Não pergunta: "Que pensará de mim o povo se eu fizer isto?" Ou "quanto afetará meus planos, se eu fizer aquilo?" Com o mais intenso anseio os filhos de Deus desejam saber o que Ele quer que façam, para que suas obras O glorifiquem. O Senhor tomou amplas providências para que o coração e a vida de todos os Seus seguidores possam ser controlados pela graça divina e sejam quais luzes ardentes e brilhantes no mundo. -- Santificação, 39. CI 51 1 As verdadeiras evidências da santificação -- Nosso Salvador era a luz do mundo; mas o mundo não O conheceu. Ele estava constantemente empenhado em obras de misericórdia, derramando luz sobre o caminho de todos; todavia, não chamava a atenção daqueles com quem Se misturava para que contemplassem Sua incomparável virtude, Sua renúncia, sacrifício e benevolência. Os judeus não admiraram tal vida. Consideravam Sua religião como sem valor, porque não concordava com sua norma de piedade. Julgaram que Cristo não era religioso em espírito ou caráter, porque a religião deles consistia em exibições, em orações públicas e em fazer obras de caridade por ostentação. [...] O mais precioso fruto da santificação é a graça da mansidão. Quando esta graça reina no coração, a disposição é moldada por sua influência. Há uma contínua confiança em Deus e uma submissão da própria vontade à dEle. -- Santificação, 14, 15. CI 51 2 Renúncia própria, sacrifício pessoal, benevolência, bondade, amor, paciência, magnanimidade e confiança cristã são os frutos diários produzidos por aqueles que estão verdadeiramente ligados com Deus. Seus atos podem não ser publicados ao mundo, mas eles mesmos estão diariamente lutando contra o mundo e ganhando preciosas vitórias sobre a tentação e o mal. Solenes votos são renovados e mantidos mediante a força ganha por fervorosa oração e constante vigilância. O ardente entusiasta não discerne as lutas desses silenciosos obreiros; mas os olhos dAquele que vê os segredos do coração notam e recompensam com aprovação cada esforço feito com renúncia e mansidão. É preciso o tempo de prova para revelar no caráter o ouro puro do amor e da fé. Quando dificuldades e perplexidades vêm sobre a igreja, então se desenvolvem o firme zelo e as profundas afeições dos verdadeiros seguidores de Cristo. [...] CI 51 3 Todos os que entram na esfera de sua influência, percebem a beleza e fragrância de sua vida cristã, ao passo que ele próprio está inconsciente desta, visto estar ela em harmonia com seus hábitos e inclinações. Ele ora pedindo luz divina, e ama o andar nessa luz. É sua comida e bebida fazer a vontade de seu Pai celestial. Sua vida está escondida com Cristo em Deus; contudo, não se orgulha disto, nem parece ter disto consciência. Deus sorri para os humildes e meigos que seguem de perto as pisadas do Mestre. Os anjos são atraídos a eles e apreciam demorar-se ao seu redor. Eles podem ser passados por alto como indignos de consideração por aqueles que alegam exaltadas realizações e se deleitam em tornar preeminentes suas boas obras; mas os anjos celestiais curvam-se amavelmente sobre eles e são como uma parede de fogo ao seu redor. -- Santificação, 11-13. CI 52 1 Daniel: um exemplo de vida santificada -- A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do que constitui um caráter santificado. Ela apresenta uma lição para todos, e especialmente para os jovens. Uma estrita submissão às ordens de Deus é benéfica à saúde do corpo e do espírito. A fim de atingir a mais elevada norma de aquisições morais e intelectuais, é necessário buscar sabedoria e força de Deus e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. [...] Quanto mais irrepreensível a conduta de Daniel, tanto mais ódio ela despertava contra ele em seus inimigos. Eles se encheram de raiva, porque não puderam encontrar nada em seu caráter moral ou no desempenho de seus deveres sobre que basear uma queixa contra ele. "Então, estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus". Daniel 6:5. -- Santificação, 23, 43. CI 52 2 Que lição se apresenta aqui para todos os cristãos! Os sagazes olhos da inveja foram fixados sobre Daniel dia após dia; sua vigilância foi aguçada pelo ódio; contudo, nem uma palavra ou ato de sua vida puderam eles fazer com que parecesse mal. Todavia, ele não se orgulhava de santificação; mas fazia o que era infinitamente melhor -- vivia uma vida de fidelidade e consagração. [...] CI 52 3 O decreto é proclamado pelo rei. Daniel está a par do propósito de seus inimigos de o destruírem. Mas ele não muda sua maneira de proceder em um único pormenor. Com calma, executa seus costumeiros deveres e, na hora da oração, vai à sua câmara e, com as janelas abertas para o lado de Jerusalém, dirige suas petições ao Deus do Céu. Por seu procedimento, declara destemidamente que nenhum poder terreno tem o direito de interferir entre ele e seu Deus e dizer-lhe a quem deveria orar ou deixar de fazê-lo. Homem de princípios nobres! Ele se mantém ainda hoje perante o mundo como um louvável exemplo de coragem e fidelidade cristã. Volta-se para Deus com toda a alma, coração, conquanto saiba que a morte é a pena de sua devoção. [...] CI 52 4 "Então, o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, Ele te livrará". Daniel 6:15, 16. CI 52 5 Muito cedo, de manhã, o rei dirigiu-se apressadamente à cova dos leões e gritou: "Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?" Daniel 6:20. A voz do profeta foi ouvida em resposta: "Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o Seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dEle; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum". Daniel 6:21, 22. CI 52 6 "Então, o rei muito se alegrou em si mesmo e mandou tirar a Daniel da cova; assim, foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus". Daniel 6:23. Assim foi livrado o servo de Deus. E a armadilha que seus inimigos armaram para a destruição dele, provou-se ser para sua própria ruína. Por ordem do rei eles foram lançados na mesma cova e, instantaneamente, devorados pelos animais selvagens. CI 53 1 Ao aproximar-se o tempo para a terminação dos setenta anos do cativeiro, Daniel começou a preocupar-se grandemente a respeito das profecias de Jeremias. [...] CI 53 2 Daniel não proclamava diante do Senhor sua própria fidelidade. Em vez de se confessar puro e santo, este honrado profeta se identificava com Israel, realmente pecador. A sabedoria que Deus lhe havia concedido era tanto maior que a dos grandes homens do mundo quanto a luz do Sol que brilha nos céus é mais resplendente do que a mais pálida estrela. Todavia, ponderai a oração dos lábios deste homem tão altamente favorecido pelo Céu. Com profunda humildade, com lágrimas e coração lacerado, ele intercede por si e por seu povo. Estende seu coração aberto perante Deus, confessando sua própria indignidade e reconhecendo a grandeza e majestade do Senhor. [...] CI 53 3 Ao prosseguir a oração de Daniel, o anjo Gabriel vem voando das cortes celestiais para lhe dizer que suas petições foram ouvidas e atendidas. Este poderoso anjo é comissionado para dar-lhe entendimento e compreensão -- para abrir perante ele os mistérios dos séculos futuros. Assim, enquanto ardentemente buscava saber e compreender a verdade, Daniel foi levado em comunhão com o mensageiro enviado pelo Céu. CI 53 4 Em resposta a sua petição, Daniel recebeu não somente a luz e a verdade de que ele e seu povo mais precisavam, mas uma visão dos grandes eventos do futuro mesmo até o advento do Redentor do mundo. Aqueles que dizem estar santificados, ao passo que não têm nenhum desejo de examinar as Escrituras ou lutar com Deus em oração por uma compreensão mais clara da verdade bíblica, não sabem o que é a verdadeira santificação. CI 53 5 Daniel falava com Deus. O Céu estava aberto perante ele. Mas as elevadas honras conferidas a ele eram o resultado da humilhação e fervorosa comunhão com Deus. Todos os que, de coração, crêem na Palavra de Deus, terão fome e sede de um conhecimento de Sua vontade. Deus é o autor da verdade. Ele ilumina o entendimento obscurecido e dá à mente humana poder para apreender e compreender as verdades que revelou. [...] CI 53 6 As grandes verdades reveladas pelo Redentor do mundo são para aqueles que procuram a verdade como a tesouros escondidos. Daniel era um homem idoso. Sua vida tinha sido passada no meio das fascinações de uma corte pagã; sua mente havia lidado com os negócios de um grande império. Todavia, ele se volta de tudo isto para afligir seu coração diante de Deus e buscar um conhecimento dos propósitos do Altíssimo. E, em resposta a suas súplicas, foi comunicada luz das cortes celestiais aos que haveriam de viver nos últimos dias. Com que zelo, pois, deveríamos nós buscar a Deus, para que Ele nos abra o entendimento a fim de compreender as verdades trazidas do Céu para nós. [...] CI 54 1 Daniel foi um devoto servo do Altíssimo. Sua longa vida foi repleta de nobres feitos de serviço para seu Mestre. Sua pureza de caráter e inabalável fidelidade são igualadas unicamente por sua humildade de coração e contrição diante de Deus. Repetimos: A vida de Daniel é uma inspirada ilustração da verdadeira santificação. -- Santificação, 42-50, 52. CI 54 2 Deus testa aqueles a quem Ele valoriza -- O fato de ser-nos pedido que suportemos aflições, prova que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa muito preciosa, que quer desenvolver. Se não visse em nós coisa alguma pela qual pudesse glorificar Seu nome, não gastaria tempo em refinar-nos. Nós não nos damos ao trabalho de podar espinheiros. Cristo não lança em Sua fornalha pedras sem valor. É o minério valioso o que Ele prova. -- Testimonies for the Church 7:214. CI 54 3 Aos homens a quem Deus pretende que ocupem posições de responsabilidade, Ele revela, misericordiosamente, os ocultos defeitos que têm, a fim de se olharem interiormente e examinarem com olhos críticos as complicadas emoções e atitudes do próprio coração, verificando o que está errado. Poderão assim modificar sua disposição e aperfeiçoar suas maneiras. Em Sua providência o Senhor leva os homens a situações em que lhes possa provar a força moral e revelar os motivos de suas ações, de maneira que desenvolvam o que é correto e afastem de si o que é errado. É vontade de Deus que Seus servos se familiarizem com o mecanismo moral do próprio coração. Para fazer isso, permite freqüentemente que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados. "Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-Se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça". Malaquias 3:2, 3. -- Testimonies for the Church 4:85. CI 54 4 Deus conduz avante Seu povo, passo a passo. Leva-os a diferentes pontos, destinados a manifestar o que está no coração. Alguns resistem em um ponto, mas caem no seguinte. A cada ponto mais adiante, o coração é experimentado e provado um pouco mais de perto. Se o professo povo de Deus verifica estar o coração contrário a esta incisiva obra, isto os deve convencer de que têm alguma coisa a fazer a fim de vencer, uma vez que não queiram ser vomitados da boca do Senhor. -- Testimonies for the Church 1:187. CI 54 5 Tão logo reconheçamos a nossa incapacidade de fazer a obra de Deus, e nos submetamos à guia de Sua sabedoria, o Senhor poderá operar conosco. Se esvaziarmos do próprio eu a alma, Ele nos suprirá todas as necessidades. -- Testimonies for the Church 7:213. CI 55 1 Conselho àqueles que buscam a confirmação da aceitação divina -- Como hão de saber que estão aceitos por Deus? Estudem com oração Sua Palavra. Não a deixem de lado por nenhum outro livro. Esse Livro convence do pecado. Revela plenamente o caminho da salvação. Apresenta alta e gloriosa recompensa. Revela-lhes um Salvador completo e ensina-lhes que unicamente mediante Sua ilimitada misericórdia podem esperar a salvação. Não negligenciem a oração particular, pois é a essência da religião. Com sincera e fervorosa oração, roguem pureza de coração. Supliquem tão ardente e fervorosamente, como o fariam por sua existência mortal, caso ela estivesse em jogo. Permaneçam perante Deus até que inexprimíveis anseios sejam em vocês gerados quanto à sua salvação, e seja obtida a doce certeza do perdão dos pecados. -- Testimonies for the Church 1:163. CI 55 2 Jesus não nos abandonou dando-nos razão para ficarmos espantados diante das provações e dificuldades. A respeito delas Ele tudo nos falou, e também nos disse que não ficássemos acabrunhados nem abatidos quando sobreviessem as provações. Olhemos para Jesus, nosso Redentor, alegremo-nos e nos regozijemos. As provações mais difíceis de suportar são as causadas por nossos irmãos, nossos próprios amigos íntimos; mas até essas provas podem ser suportadas com paciência. Jesus não permaneceu no sepulcro novo de José. Ele ressuscitou e ascendeu ao Céu, para ali interceder em nosso favor. Temos um Salvador que nos amou de tal maneira que morreu por nós, para que por Ele possamos ter esperança, e força e ânimo, bem como um lugar com Ele no Seu trono. Ele pode e está desejoso de nos ajudar, sempre que a Ele recorrermos. [...] CI 55 3 Sente-se você insuficiente para o cargo de confiança que ocupa? Agradeça por isso a Deus. Quanto mais sentir sua fraqueza, tanto mais estará inclinado a buscar um auxiliador. "Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós". Tiago 4:8. Jesus quer que você seja feliz, alegre. Quer que realize o melhor que vos seja possível com a aptidão com que vos dotou e, então confieis em que o Senhor lhe seja possível, e inspirará os que hão de vir a ser seus auxiliadores para repartir as responsabilidades. CI 55 4 Não se sinta ferido pelo linguajar descortês dos homens. Não proferiram eles descortesias acerca de Jesus? Qualquer um pode errar, e dar motivo a observações descorteses, mas Jesus nunca o fez. Ele foi puro, imaculado, impoluto. Não espere, nesta vida, melhor porção do que a que teve o Príncipe da glória. Ao perceberem seus inimigos que o poderão ferir, jubilarão, e Satanás irá se regozijar. Nesse momento, olhe para Jesus, e trabalhe com fidelidade para a Sua glória. Ame a Deus de todo o coração. -- Testimonies for the Church 8:128, 129. CI 55 5 Sentimento não é evidência de santificação -- Sentimentos de felicidade ou a ausência de alegria não é evidência de que a pessoa esteja ou não santificada. Não existe tal coisa como seja santificação instantânea. A verdadeira santificação é obra diária, continuando por tanto tempo quanto dure a vida. Aqueles que estão batalhando contra tentações diárias, vencendo as próprias tendências pecaminosas e buscando santidade do coração e da vida, não fazem nenhuma orgulhosa proclamação de santidade. Eles são famintos e sedentos de justiça. O pecado parece-lhes excessivamente pecaminoso. -- Santificação, 10. CI 56 1 Deus não desiste de nós por causa de nossos pecados. Podemos cometer erros e ofender o Seu Espírito; mas quando nos arrependemos e vamos ter com Ele com o coração contrito, Ele não nos faz voltar. Há empecilhos a serem removidos. Têm-se acariciado sentimentos errados, e tem havido orgulho, presunção, impaciência e murmurações. Tudo isso nos separa de Deus. Os pecados devem ser confessados; tem de haver mais profunda obra de graça no coração. Os que se sentem fracos e desanimados podem tornar-se fortes varões de Deus e fazer nobre trabalho pelo Mestre. Devem, porém, trabalhar de um ponto de vista elevado; não devem ser influenciados por quaisquer motivos egoístas. [...] CI 56 2 Alguns parecem julgar que têm de estar sob prova, devendo demonstrar ao Senhor que estão reformados, antes de poder invocar Suas bênçãos. Mas estes podem reclamar a bênção agora mesmo. Precisam de Sua graça, do Espírito de Cristo, para serem ajudados em suas fraquezas, ou do contrário não podem formar um caráter cristão. Jesus tem prazer em que vamos ter com Ele, tal qual somos: pecadores, desamparados, dependentes. CI 56 3 O arrependimento, assim como o perdão, é dom de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém, senão os contritos, é perdoado; mas é a graça de Deus que torna o coração penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas e enfermidades, e nos ajudará. -- Mensagens Escolhidas 1:350, 351, 353. As trevas e o desânimo virão, às vezes, à alma e ameaçarão vencer-nos; mas não devemos rejeitar nossa confiança. Precisamos conservar os olhos fixos em Jesus, sentindo ou não. Devemos procurar cumprir fielmente cada dever conhecido e então, calmamente, descansar nas promessas de Deus. CI 56 4 Por vezes, um profundo sentimento de nossa indignidade enche o coração, num estremecimento de terror; mas isto não é evidência de que Deus tenha mudado para conosco, ou nós em relação para com Ele. Nenhum esforço deveria ser feito quanto a dirigir a mente a certa intensidade de emoção. Podemos não sentir hoje a paz e a alegria que sentíamos ontem; mas devemos, pela fé, agarrar a mão de Cristo e confiar nEle tão completamente nas trevas como à luz. [...] CI 56 5 Pela fé, olhai para as coroas destinadas aos que hão de vencer; atentai para o exultante canto dos remidos: Digno, digno é o Cordeiro, que foi morto e nos redimiu para Deus! Esforçai-vos por considerar estas cenas como reais. [...] CI 57 1 Se permitíssemos que nossa mente se demorasse mais sobre Cristo e o mundo celestial, acharíamos um poderoso estímulo e amparo em guerrear as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor ao mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor, que tão logo será nosso lar. Diante da amabilidade de Cristo, todas as atrações terrenas parecerão de pouco valor. [...] CI 57 2 Embora Paulo fosse afinal confinado a uma prisão romana -- excluído da luz e ar do céu, isolado de sua obra ativa no evangelho, esperando a todo o momento ser condenado à morte -- não se entregou à dúvida ou ao desespero. Daquela escura masmorra partiu seu testemunho antes da agonia, cheio de uma sublime fé e ânimo que têm inspirado o coração dos santos e mártires em todos os séculos subseqüentes. Suas palavras apropriadamente descrevem os resultados daquela santificação que temos desejado apresentar nestas páginas: "Eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amarem a Sua vinda". 2 Timóteo 4:6-8. -- Santificação, 89-91, 96. ------------------------Capítulo 7 -- Deus tem uma missão para você CI 58 1 A obra de Deus na Terra jamais poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja. -- Testimonies for the Church 9:117. CI 58 2 As palavras: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15), são dirigidas a cada um dos seguidores de Cristo. Todos os que estão destinados a participar da vida de Cristo, estão destinados para trabalhar pela salvação de seus semelhantes. O mesmo anelo de alma que Ele sentiu pela salvação dos perdidos deve ser neles manifesto. Nem todos podem ocupar o mesmo cargo, mas para todos há um lugar e um trabalho. Todos sobre quem foram derramadas as bênçãos de Deus, devem corresponder por meio de serviço fiel. Cada dom deve ser empregado para o progresso do Seu reino. -- Testimonies for the Church 8:16. CI 58 3 Pregar é uma pequena parte da obra a ser feita pela salvação de almas. O Espírito de Deus convence os pecadores acerca da verdade, e os coloca nos braços da igreja. Os pastores podem fazer sua parte, mas nunca poderão efetuar a obra que deve ser feita pela igreja. Deus requer que a igreja cuide dos que são novos na fé e na experiência, que vá ter com eles, não no intuito de tagarelar com eles, mas de orar, de dirigir-lhes palavras que sejam "como maçãs de ouro em salvas de prata". Provérbios 25:11. -- Testimonies for the Church 4:69. CI 58 4 Deus está chamando Sua igreja hoje, como chamara o antigo Israel, a fim de erguer-se como luz na Terra. Pela poderosa espada da verdade, as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos, separou-os das igrejas e do mundo para trazê-los a uma santa proximidade dEle. Fê-los depositários de Sua lei, e lhes confiou as grandes verdades da profecia para este tempo. Como as Santas Escrituras confiadas ao antigo Israel, estas são um sagrado depósito a ser comunicado ao mundo. CI 58 5 Os três anjos de Apocalipse 14 representam o povo que aceita a luz das mensagens de Deus, e vão como agentes Seus fazer soar a advertência por toda a extensão e largura da Terra. Cristo declara a Seus seguidores: "Vós sois a luz do mundo". Mateus 5:14. A toda pessoa que aceita a Jesus, diz a cruz do Calvário: "Vede o valor da alma. 'Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura'". Marcos 16:15. Não se deve permitir que coisa alguma impeça esta obra. É a obra mais importante para este mundo; deve ser de tão vasto alcance como a eternidade. O amor que Jesus manifestou pelas pessoas no sacrifício feito por sua redenção, atuará em todos os Seus seguidores. -- Testimonies for the Church 5:455, 456. CI 59 1 Cristo aceita -- e com que prazer! -- todo agente humano que a Ele se renda. Leva o humano em união com o divino, para que possa comunicar ao mundo os mistérios do amor encarnado. Fale sobre a mensagem de Sua verdade, ore por ela, cante-a, encha dela o mundo, e prossiga avançando para as regiões longínquas. -- Testimonies for the Church 9:30. CI 59 2 Os verdadeiros seguidores de Cristo não deixam de testemunhar -- Se cada um de nós fosse um missionário vivo, a mensagem para este tempo seria rapidamente proclamada em todos os países, a cada povo, nação e língua. -- Testimonies for the Church 6:438. CI 59 3 Todos os que quiserem entrar na cidade de Deus têm que, durante sua vida terrestre, representar a Cristo em seu procedimento. Isso é o que os torna mensageiros de Cristo, Suas testemunhas. Devem apresentar um claro e positivo testemunho contra todas as más práticas, apontando aos pecadores o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A todos os que O recebem, dá Ele poder para se tornarem filhos de Deus. A regeneração é o único caminho pelo qual podemos entrar na cidade de Deus. É apertado, e estreita a porta pela qual ali se entra, mas para ela devemos guiar homens, mulheres e crianças, ensinando-lhes que para serem salvos precisam de coração novo e novo espírito. Os velhos, hereditários traços de caráter têm que ser vencidos. Os desejos naturais do coração têm que ser transformados. Todo engano, falsidade e maledicência têm que ser postos de lado. A vida nova, que torna semelhantes a Cristo homens e mulheres, é que deve ser vivida. -- Testimonies for the Church 9:23. CI 59 4 Meus irmãos e minhas irmãs, querem vocês romper o encanto que os prende? Querem despertar dessa indolência que se assemelha ao torpor da morte? Vão trabalhar, quer se sintam dispostos, quer não. Empenhem-se em esforço pessoal para levar pessoas a Jesus e ao conhecimento da verdade. Em tal trabalho, encontrarão tanto um estímulo como um tônico; ele a um tempo despertará e fortalecerá. Mediante exercício, suas faculdades espirituais se tornarão mais vigorosas, de modo que poderão, com mais êxito, colaborar com sua própria salvação. O torpor da morte apoderou-se de muitos professos cristãos. Deve-se fazer todo esforço para despertá-los. Advirtam, roguem, arrazoem. Orem para que o enternecedor amor de Deus aqueça e abrande sua natureza gélida. Ainda que se recusem a ouvir, não será em vão o seu trabalho. No esforço de beneficiar a outros, você mesmo será beneficiado. -- Testimonies for the Church 5:387. CI 59 5 Ninguém deve sentir que, por não ser instruído, não pode ter parte na obra do Senhor. Deus tem uma parte para esses também. Deu Ele a cada um a sua obra. Podem estudar a Bíblia. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices". Salmos 119:130. Podem orar pela obra. A oração do coração sincero, feita com fé, será ouvida no Céu. E devem trabalhar segundo sua capacidade. -- Testimonies for the Church 6:433. CI 60 1 Seres celestiais desejam cooperar com os agentes humanos para que revelem ao mundo no que as pessoas podem ser transformadas, e o que, por sua influência, realizarão para salvar os que estão prestes a perecer. [...] CI 60 2 Cristo nos pede que trabalhemos paciente e perseverantemente pelos milhares que estão a perecer em seus pecados, espalhados por todas as terras, como náufragos em praia deserta. Os que participam da glória de Cristo devem também partilhar de Seu ministério, ajudando o fraco, o infeliz e o desalentado. -- Testimonies for the Church 9:30, 31. CI 60 3 Todo crente deve estar inteiramente comprometido com a igreja. A prosperidade da igreja deve constituir-lhe o primeiro interesse e a menos que se sinta sob sagradas obrigações de tornar sua ligação com a igreja mais um benefício para ela do que para si mesmo, ela passará muito melhor sem ele. Está ao alcance de todos fazer alguma coisa pela causa de Deus. Pessoas há que despendem grandes quantias para luxos desnecessários; satisfazem os próprios apetites, mas consideram grande carga contribuir com recursos para a manutenção da igreja. Estão dispostos a receber todo o benefício de seus privilégios, mas preferem deixar aos outros que lhe paguem as contas. -- Testimonies for the Church 4:18. CI 60 4 A igreja de Cristo bem pode ser comparada a um exército. A vida de todo soldado é de labuta, dificuldade e perigo. Por todos os lados há inimigos vigilantes, dirigidos pelo príncipe das potestades das trevas, o qual jamais cochila nem abandona seu posto. Sempre que um cristão esteja desapercebido, este poderoso adversário faz um súbito e violento ataque. A menos que os membros da igreja estejam ativos e vigilantes, serão vencidos pelos seus ardis. Que seria se metade dos soldados de um exército estivesse ociosa ou adormecida quando viesse a ordem de estar a postos? O resultado seria derrota, cativeiro ou morte. Se algum deles escapasse das mãos do inimigo, seria ele considerado digno de recompensa? Não; bem depressa receberia a sentença de morte. E se a igreja de Cristo é descuidosa e infiel, acham-se envolvidas conseqüências muito mais importantes. Um exército de soldados cristãos adormecidos -- que poderia ser mais terrível? Que avanço poderia ser feito contra o mundo, que está sob domínio do príncipe das trevas? Os que, no dia da batalha, se põem indiferentemente na retaguarda, como se não tivessem interesse nem sentissem responsabilidade quanto ao resultado da luta, melhor seria que mudassem de atitude, ou deixassem imediatamente as fileiras. -- Testimonies for the Church 5:394. CI 60 5 Um lugar para cada pessoa da família -- As mulheres, da mesma maneira que os homens, podem empenhar-se na obra de colocar a verdade onde possa atuar e manifestar-se. Podem ocupar seu lugar na obra, na presente crise, e o Senhor há de operar por seu intermédio. Se estiverem possuídas do sentimento do dever, e trabalharem sob a influência do Espírito de Deus, possuirão exatamente a serenidade tão necessária no tempo atual. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz de Seu semblante, e isso lhes dará uma força que excederá à dos homens. Elas podem fazer nas famílias uma obra que aos homens não é possível, uma obra que alcança a vida interior. É-lhes dado pôr-se em contato íntimo com o coração de pessoas de quem os homens não se podem aproximar. Sua obra é necessária. Mulheres discretas e humildes podem realizar boa obra explicando a verdade ao povo, em suas casas. Assim explanada, a Palavra de Deus efetuará sua obra, qual fermento, e mediante sua influência serão convertidas famílias inteiras. -- Testimonies for the Church 9:128, 129. CI 61 1 Todos podem fazer alguma coisa. Num esforço por evitarem a participação, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, seus filhos devem ser sua mão auxiliadora, aumentando sua capacidade e habilidade para trabalhar para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e espírito pertencem a Deus. Devem ser instruídos para ajudar em diferentes ramos de serviço abnegado. Não permitamos que nossos filhos sejam empecilhos. Conosco, devem os filhos partilhar os encargos, tanto espirituais como físicos. Ajudando outros, aumentarão sua própria felicidade e utilidade. -- Testimonies for the Church 7:63. CI 61 2 Nossa obra para Cristo deve começar com a família, no lar. A instrução da juventude deve ser de espécie diversa da que foi ministrada no passado. Sua felicidade exige muito maior trabalho do que o que lhe foi dedicado antes. Não existe campo missionário mais importante do que esse. Por preceito e exemplo devem os pais ensinar os filhos a trabalharem pelos não convertidos. As crianças devem ser educadas de tal maneira que simpatizem com os idosos e enfermos, e desejem aliviar os sofrimentos dos pobres e oprimidos. Deve-se-lhes ensinar a serem diligentes no trabalho missionário; e, desde tenra idade, inculcar-lhes a abnegação, o sacrifício pelo bem dos outros e o progresso da causa de Cristo, para que possam ser colaboradores de Deus. -- Testimonies for the Church 6:429. CI 61 3 Mudando-se para outras localidades a fim de testemunhar -- Não é desígnio de Deus que Seu povo forme colônias, ou se agrupe em grandes comunidades. Os discípulos de Cristo são representantes Seus na Terra, e Deus tem por desígnio que se espalhem por todo o país, nas cidades e vilas, como luzes em meio às trevas do mundo. Devem ser missionários de Deus. testificando, por sua fé e obras, da proximidade da vinda do Salvador. CI 61 4 Os membros de nossas igrejas podem realizar um trabalho que, por enquanto, mal iniciaram. Nenhum deles deverá mudar-se para outras localidades simplesmente por interesse em vantagens terrenas; mas as famílias que estejam bem firmadas na verdade, uma ou duas numa localidade, devem ir aonde houver oportunidade de ganhar a subsistência, para trabalhar como missionários. Devem ter amor às pessoas, sentir a responsabilidade de trabalhar por elas, e estudar a maneira de atraí-las para a verdade. Poderão distribuir nossas publicações, realizar reuniões em suas casas, fazer-se amigos dos vizinhos, e convidá-los para freqüentarem essas reuniões. Dessa maneira, poderão fazer brilhar sua luz por meio de boas obras. CI 62 1 Que os obreiros se apeguem a Deus, chorando, orando, trabalhando pela salvação do próximo. Lembrem-se de que estão correndo uma carreira, lutando por uma coroa imperecível. Ao passo que muitos apreciam o louvor dos homens mais do que o favor de Deus, procurem trabalhar com humildade. Aprendam a exercer fé na apresentação do próximo perante o trono da graça, e na intercessão com Deus para que lhes toque o coração. Desse modo pode ser feito trabalho missionário eficaz. Alguns que não escutariam um pastor ou colportor, podem ser alcançados. E os que assim trabalham em lugares novos, aprenderão os melhores métodos de contato com o povo, e prepararão o caminho para outros obreiros. -- Testimonies for the Church 8:244, 245. CI 62 2 Visite seus vizinhos e demonstre interesse pela salvação deles. Coloque em ação toda a sua energia espiritual. Diga àqueles a quem estiver visitando que se acha próximo às portas, o fim de todas as coisas. O Senhor Jesus Cristo abrirá a porta do coração deles, causando uma duradoura impressão em seu espírito. [...] CI 62 3 Mesmo enquanto se dedica à ocupação diária, pode o povo de Deus guiar outros para Cristo. E enquanto isso fizerem terão a preciosa segurança de que o Salvador lhes está ao lado. Não precisam pensar que estão entregues aos seus próprios fracos esforços. Cristo lhes dará palavras para falar, que hão de refrigerar, animar e fortalecer as pessoas que estão lutando nas trevas. Sua própria fé será fortalecida ao reconhecerem que a promessa do Redentor está sendo cumprida. Não só serão eles uma bênção para outros, mas também a obra que fazem por Cristo trará bênçãos para eles próprios. -- Testimonies for the Church 9:38, 39. CI 62 4 Pode-se fazer grande trabalho apresentando ao povo exclusivamente a Bíblia. Levem a Palavra de Deus à porta de todo homem, insistam em suas positivas declarações diante da consciência de todo homem, repitam a todos o mandamento do Salvador: "Examinai as Escrituras". João 5:39. Admoestem-nos a tomar a Bíblia assim como é, a implorar iluminação divina, e então, ao resplandecer a luz, a aceitar destemidamente cada raio precioso, suportando de boa vontade as conseqüências. -- Testimonies for the Church 5:388. CI 62 5 Entre os membros de nossas igrejas deve haver mais trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e distribuindo literatura. O caráter cristão só pode ser formado simétrica e completamente quando o agente humano considera um privilégio trabalhar desinteressadamente na proclamação da verdade e sustentar a causa de Deus com seus meios. Precisamos semear sobre todas as águas, conservando o coração no amor de Deus, trabalhando enquanto é dia, e empregando os meios que o Senhor nos deu para cumprir o dever que primeiro vier, seja ele qual for. O que quer que nossas mãos encontrem para fazer, devemos fazê-lo com fidelidade; seja qual for o sacrifício que sejamos chamados a fazer devemos fazê-lo alegremente. Ao semearmos sobre todas as águas, experimentaremos que "o que semeia em abundância, em abundância também ceifará". 2 Coríntios 9:6. -- Testimonies for the Church 9:127. CI 63 1 Manifestações práticas da religião -- Qualquer coisa menos do que o serviço ativo e fervoroso em favor do Mestre desmente a nossa profissão de fé. Unicamente o cristianismo que se revela por meio de trabalho sincero e prático, impressionará os que estão mortos em ofensas e pecados. Cristãos de oração, humildes e crentes, que por seus atos mostrem que o seu maior desejo é comunicar a verdade salvadora que a todos provará, colherão frutos abundantes para o Mestre. [...] CI 63 2 Não existe desculpa para ser tão vacilante e fraca a fé de nossas igrejas. "Voltai à fortaleza, ó presos de esperança". Zacarias 9:12. Há energia para nós em Cristo. Ele é o nosso Advogado perante o Pai. Ele envia a todas as partes do Seu domínio os Seus mensageiros para comunicarem ao Seu povo a Sua vontade. Anda no meio de Suas igrejas. Quer santificar, elevar e enobrecer os Seus seguidores. A influência dos que verdadeiramente nEle crêem será um cheiro de vida no mundo. Tem Ele em Sua destra as estrelas, com o propósito de que, por intermédio delas, a Sua luz irradie para o mundo. Assim pretende preparar Seu povo para o mais elevado serviço na igreja do Céu. Ele nos incumbiu da realização de uma grande tarefa. Façamo-la com exatidão e determinação. Mostremos em nossa vida o que a verdade tem feito por nós. [...] CI 63 3 Tem custado abnegação, sacrifício, energia e muita oração para colocar os vários empreendimentos missionários no nível em que agora estão. Existe o perigo de que alguns dos que agora entram em atividade se conformem sendo ineficientes, pensando que não há agora tanta necessidade de abnegação e diligência, tanto trabalho difícil e desagradável, como o experimentaram os líderes desta mensagem; que os tempos são outros; e que, visto haver agora mais recursos na causa de Deus, não há necessidade de se submeterem às provações a que muitos se sujeitaram no começo da mensagem. CI 63 4 Se, porém, a mesma diligência e abnegação fossem manifestas na fase atual da obra, como o foi no seu início, realizaríamos cem vezes mais do que agora fazemos. -- Testimonies for the Church 6:417-419. CI 63 5 Exaltada é nossa profissão de fé. Como adventistas observadores do sábado, professamos obedecer a todos os mandamentos de Deus, e aguardar a vinda de nosso Redentor. Soleníssima mensagem de advertência foi confiada aos poucos fiéis de Deus. Por nossas palavras e atos devemos mostrar que reconhecemos a grande responsabilidade que foi posta sobre nós. Tão brilhante deve resplandecer nossa luz, que outros possam ver que glorificamos ao Pai em nossa vida diária; que estamos ligados com o Céu, e somos co-herdeiros de Jesus Cristo, para que ao aparecer Ele em poder e grande glória, sejamos semelhantes a Ele. -- Testimonies for the Church 4:16. ------------------------Capítulo 8 -- "Eis-me aqui, envia-me a mim" CI 65 1 O fim está perto, aproximando-se furtivamente, imperceptivelmente, como a silenciosa aproximação de um ladrão de noite. Conceda o Senhor que não fiquemos por mais tempo a dormir como fazem os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios. A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser coobreiros de Deus, com ela triunfarão. O tempo é curto; vem logo a noite, quando homem nenhum poderá trabalhar. Que os que agora estão jubilosos na luz da verdade presente, apressem-se a comunicá-la a outros. O Senhor está indagando: "A quem enviarei?" Os que desejam fazer sacrifício pela causa da verdade devem responder agora: "Eis-me aqui, envia-me a mim". Isaías 6:8. -- Testimonies for the Church 9:135. CI 65 2 O que temos realizado é pouco mais do que uma pequenina parcela da obra que Deus deseja que realizemos em favor dos nossos vizinhos e amigos. Em todas as cidades de nosso país existem ainda pessoas que não conhecem a verdade. E nos outros continentes há muitos lugares nos quais ainda temos que preparar as terras e lançar as sementes ("An Appeal to Ministers and Church Officers"). CI 65 3 Estamos no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos. Um poder de baixo está levando os homens a guerrear contra o Céu. Os seres humanos confederaram-se com agentes satânicos para anular a lei de Deus. Os habitantes do mundo rapidamente se vão tornando como os do tempo de Noé, que foram exterminados pelo dilúvio, e como os de Sodoma, que foram consumidos por fogo que caiu do céu. Os poderes de Satanás estão a trabalhar para conservar o espírito dos homens alheio às realidades eternas. O inimigo dispôs as coisas de maneira que servissem aos seus propósitos. Atividades mundanas, esportes, as modas da época -- são coisas que ocupam o espírito dos homens e mulheres. Diversões e leituras inúteis corrompem o juízo. Na estrada larga que leva à ruína eterna anda um cortejo longo. O mundo, cheio de violência, festas e bebedice, está pervertendo a igreja. A lei de Deus, o divino padrão de justiça, é considerada de nenhum efeito. -- Testimonies for the Church 9:43, 44. CI 65 4 Deveremos esperar até que se cumpram as profecias do fim, antes de dizermos alguma coisa a seu respeito? Que valor terão nossas palavras então? Deveremos esperar até que os juízos de Deus caiam sobre o transgressor antes que lhe digamos como evitá-los? Onde está nossa fé na Palavra de Deus? Teremos que ver as coisas preditas se realizarem, antes que acreditemos no que Ele diz? Em raios claros e distintos tem-nos vindo iluminação, mostrando-nos que o grande dia do Senhor está bem perto, "próximo, às portas". Leiamos e compreendamos antes de ser tarde demais. -- Testimonies for the Church 9:20. CI 66 1 Talentos de acordo com as necessidades -- O Senhor tem em Seu grande plano um lugar para cada um. Ele não concede talentos que não sejam necessários. Ainda que o talento seja pequeno, Deus para ele tem emprego, e se o usarmos com fidelidade, executará exatamente a obra para que o Senhor o destinou. Mesmo os talentos do humilde habitante de uma favela são necessitados no trabalho de casa em casa, e podem nessa atividade realizar mais que talentos brilhantes. -- Testimonies for the Church 9:37, 38. CI 66 2 Quando os homens usarem as suas faculdades como Deus o indica, seus talentos aumentarão, sua capacidade será ampliada, e terão visão celestial ao buscarem salvar os perdidos. Mas enquanto os membros da igreja forem indiferentes e descuidosos da responsabilidade que Deus lhes confiou para comunicar a outros, como podem esperar receber o tesouro celestial? Quando os que professam ser cristãos não sentem a preocupação de iluminar os que estão em trevas, quando deixam de comunicar graça e conhecimento, tornam-se menos capazes de discernir, perdem o apreço pelas riquezas dos dons celestiais; e, deixando de valorizá-los para si próprios, deixam de sentir a necessidade de apresentá-los a outros. CI 66 3 Vemos estabelecerem-se grandes igrejas em diferentes lugares. Seus membros receberam o conhecimento da verdade, e muitos se contentam com ouvir a Palavra da Vida sem transmitir a luz a outros. Sentem pouca responsabilidade pelo progresso da Obra, pouco interesse na salvação de almas. Estão cheios de zelo por coisas profanas, mas não entretecem nos seus negócios a religião. Dizem: "Religião é religião, e negócio é negócio." Crêem que cada uma dessas coisas tem a sua esfera própria, como se dissessem: "Fiquem separadas." CI 66 4 Por motivo dessas oportunidades desprezadas e do abuso dos privilégios, os membros dessas igrejas não estão crescendo "na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo". 2 Pedro 3:18. Portanto, são débeis na fé, deficientes no conhecimento, e meninos na experiência. Não estão arraigados nem firmados na verdade. Se permanecerem nesse estado, os muitos enganos dos últimos dias certamente os seduzirão; porque não terão visão espiritual para distinguir a verdade do erro. -- Testimonies for the Church 6:424, 425. CI 66 5 Deus deseja conceder o dom do Espírito Santo -- Quando uma série de conferências é realizada por obreiros de experiência num lugar em que vivem irmãos nossos, repousa sobre os crentes desse campo a solene obrigação de fazer tudo quanto está ao seu alcance para abrir o caminho para o Senhor atuar. Devem, orando, examinar a consciência e preparar o caminho para o Senhor, removendo todo pecado que os impediria de cooperar com Deus e com seus irmãos. [...] CI 67 1 Em visões da noite, passaram perante mim representações de um grande movimento de reforma entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecoste. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844. -- Testimonies for the Church 9:125, 126. CI 67 2 Deus deseja revigorar Seu povo pelo dom do Espírito Santo, batizando-o de novo com Seu amor. Não há necessidade de haver escassez do Espírito na igreja. Depois da ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, que com fé e oração O estavam esperando, e desceu com plenitude e poder tais que atingiu todos os corações. Futuramente a Terra há de ser iluminada com a glória de Deus. Santa influência há de irradiar para o mundo, procedente dos que são santificados pela verdade. A Terra há de ser circundada de uma atmosfera de graça. O Espírito Santo há de operar em corações humanos, revelando aos homens as coisas de Deus. -- Testimonies for the Church 9:40. CI 67 3 Está o Senhor desejoso de fazer uma grande obra em favor de todos quantos verdadeiramente nEle crêem. Se os membros da igreja se dispuserem a participar da obra que podem fazer, empenhando-se em atividades por conta própria, vendo cada qual quanto pode realizar na conquista de almas para Jesus, veremos muitos abandonarem as fileiras de Satanás para manter-se sob a bandeira de Cristo. Se nosso povo agir em conformidade com a luz que lhes é fornecida nestas poucas instruções, certamente veremos a salvação operada por Deus. Seguir-se-ão reavivamentos prodigiosos. Pecadores serão convertidos, e muitas pessoas serão acrescentadas à igreja. Ao unirmos o nosso coração ao de Cristo, e colocarmos nossa vida em harmonia com a Sua obra, virá sobre nós o Espírito que desceu sobre os discípulos no dia de Pentecostes. -- Testimonies for the Church 8:246. CI 67 4 Perigo em demorar -- Nas visões da noite foi apresentada diante de mim uma cena impressionante. Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: "Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros, com a voz quase embargada de agonia, diziam: "Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos." Por toda parte, ouvi serem pronunciadas semelhantes palavras de acusação. CI 68 1 Acordei muito aflita. Adormeci de novo, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa do mundo todo. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem de ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, ela deveria refleti-la sobre as demais. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. CI 68 2 Foram repetidas as palavras: "Vós sois o sal da Terra: e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus". Mateus 5:13-16. -- Testimonies for the Church 9:28. CI 68 3 Cada dia que passa nos leva para mais perto do fim. Mas, leva-nos, também, para mais perto de Deus? Estamos vigilantes em oração? As pessoas com quem nos associamos dia a dia precisam de nosso auxílio, nossa guia. Podem estar em tal estado de espírito que uma palavra oportuna lhes seja, pela atuação do Espírito Santo no coração, como um ponto de apoio em lugar firme. Amanhã talvez algumas dessas pessoas vão estar onde nunca mais as poderemos alcançar. Qual é a nossa influência sobre esses companheiros de jornada? Que esforço estamos fazendo para ganhá-los para Cristo? -- Testimonies for the Church 9:27. CI 68 4 Enquanto os anjos seguram os quatro ventos, cumpre-nos trabalhar com todas as nossas forças. Precisamos proclamar nossa mensagem sem demora. Perante o Universo celestial e os homens desta época degenerada, precisamos dar o testemunho de que nossa religião é uma fé e um poder, dos quais o Autor é Cristo, e Sua Palavra o divino oráculo. Pessoas pendem na balança. Ou serão súditas do reino de Deus ou escravas do despotismo de Satanás. Todos devem ter o privilégio de lançar mão da esperança embutida no evangelho; mas como podem eles ouvir sem pregador? A família humana está carente de uma renovação moral, um preparo de caráter, a fim de poder subsistir diante de Deus. Muitos estão prestes a perecer devido aos erros heréticos que predominam, os quais são calculados para neutralizar a mensagem evangélica. Quem se consagrará agora plenamente para tornar-se coobreiro de Deus? -- Testimonies for the Church 6:21. CI 68 5 Muitíssimos dos que hoje compõem nossas congregações estão mortos em ofensas e pecados. Vão e vêm como a porta sobre seus gonzos. Durante anos, escutaram complacentemente as verdades mais solenes e comovedoras, mas não as puseram em prática. Portanto, são cada vez mais insensíveis à preciosidade da verdade. Os testemunhos comovedores de reprovação e admoestação não os movem ao arrependimento. As mais suaves melodias de origem divina, vindas através de lábios humanos a justificação pela fé e a justiça de Cristo -- não lhes arrancam uma manifestação de amor e gratidão. Embora o Mercador celestial lhes exiba as jóias mais preciosas da fé e amor, ainda que os convide para dEle comprar o "ouro refinado no fogo" (Apocalipse 3:18), "vestidos brancos" para que se vistam, e "colírio" para que vejam, endurecem contra Ele o coração e deixam de trocar pelo amor e o zelo, a sua mornidão. Conquanto professem piedade, negam-lhe o poder. Se continuarem nesse estado, Deus os repudiará. Estão-se incapacitando para serem membros de Sua família. -- Testimonies for the Church 6:426, 427. CI 69 1 Tenham presente os membros da igreja que o fato de se acharem os seus nomes nos livros da igreja não os salvará. Devem mostrar-se aprovados por Deus, obreiros que não têm de que se envergonhar. Dia a dia devem formar o seu caráter de acordo com as instruções de Cristo. Devem permanecer nEle, exercendo constantemente a fé em Cristo. Assim crescerão até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo -- cristãos sadios, animados e gratos, guiados por Deus para a luz cada vez mais clara. Se assim não for, achar-se-ão entre os que um dia proferirão a amarga lamentação: "Passou a sega, findou o verão, e não estou salvo! Jeremias 8:20. Por que não me refugiei na Fortaleza? Por que brinquei com o assunto da salvação e desprezei o Espírito da graça?" -- Testimonies for the Church 9:48. CI 69 2 Irmãos e irmãs, os que presumem que há muito conhecem a verdade, pergunto individualmente: Está a sua prática em conformidade com a luz, os privilégios e oportunidades que o Céu lhes deparou? Pergunta importante é essa. O Sol da Justiça nasceu para a igreja, e a obrigação da igreja é resplandecer. Cada pessoa tem o privilégio de progredir. Os que estão unidos a Cristo crescerão na graça e no conhecimento do Filho de Deus, até alcançar a estatura completa de homens e mulheres. Se todos quantos professam crer a verdade houvessem aproveitado bem as suas aptidões e oportunidades de aprender e praticar, teriam se tornado fortes em Cristo. Não importa a sua ocupação -- lavradores, mecânicos, professores ou pastores -- se se tivessem consagrado inteiramente a Deus, poderiam haver-se tornado obreiros eficientes do Mestre celestial. -- Testimonies for the Church 6:423. CI 69 3 Os membros das igrejas devem ser preparados -- É evidente que todos os sermões pregados não produziram grande colheita de obreiros abnegados. Deve considerar-se que esse assunto envolve os mais importantes resultados. Está em jogo o nosso destino eterno. As igrejas estão definhando porque os seus talentos não foram empregados para difundir a luz. Devem ser dadas instruções cuidadosas que serão como lições do Mestre, para que todos utilizem a sua luz. Os que têm a supervisão das igrejas, devem escolher membros capazes e confiar-lhes responsabilidades, dando-lhes ao mesmo tempo instruções quanto a como melhor servir e beneficiar outros. -- Testimonies for the Church 6:431. CI 70 1 Os mecânicos, advogados, comerciantes, homens de toda espécie de profissões e negócios se preparam a fim de se assenhorearem de seu trabalho. Enquanto professamente empenhados no serviço de Cristo, devem Seus seguidores ser menos inteligentes e ignorantes acerca dos métodos e recursos a serem empregados? O empreendimento de alcançar a vida eterna está acima de qualquer consideração terrena. Para conduzir almas a Jesus é preciso ter certo conhecimento da natureza humana e estudar a mente dos homens. Importa dedicarmos muita reflexão e fervorosa oração a fim de saber a melhor maneira de aproximar-nos de homens e mulheres no que respeita ao grande tema da verdade. -- Testimonies for the Church 4:67. CI 70 2 Logo que seja organizada uma igreja, ponha o pastor os membros a trabalharem. Terão eles que ser ensinados a trabalhar com êxito. Dedique o pastor mais tempo para educar do que para pregar. Ensine ao povo a maneira de transmitir aos outros o conhecimento que receberam. Se bem que os novos conversos devam ser ensinados a pedir conselho dos mais experientes na obra, devem ao mesmo tempo ser ensinados a não colocar o pastor em lugar de Deus. -- Testimonies for the Church 7:20. CI 70 3 O maior auxílio que se pode prestar a nosso povo é ensiná-lo a trabalhar para Deus e a nEle confiar, e não nos pastores. Aprendam a trabalhar como Cristo trabalhou. Unam-se ao Seu exército de obreiros, e façam por Ele um trabalho fiel. -- Testimonies for the Church 7:19. CI 70 4 Que os mestres vão à frente no trabalho entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão em seu exemplo. Um exemplo vale mais que muitos preceitos. -- A Ciência do Bom Viver, 149. CI 70 5 Aqueles a cujo cargo se encontram os interesses espirituais da igreja devem formular planos e encontrar meios pelos quais se dê a todos os seus membros alguma oportunidade de fazer uma parte na obra de Deus. Nem sempre foi isso feito em tempos passados. Não foram bem definidos nem executados os planos para empregar os talentos de cada um em serviço ativo. Poucos estão percebendo quanto se tem perdido por causa disso. [...] CI 70 6 Em cada igreja existem talentos que, mediante o correto enfoque, serão desenvolvidos a ponto de se tornarem um grande auxílio ao mundo. [...] Deveria existir um plano bem organizado para o emprego de obreiros que fossem a todas as nossas igrejas, grandes ou pequenas, para instruir os membros como trabalhar para a edificação da igreja, e também a favor dos incrédulos. Instrução e educação é que são necessárias. [...] Que todos apliquem a mente e o coração a fim de se tornarem sábios no que diz respeito à obra para este tempo, habilitando-se para realizar aquilo para que possuem mais aptidão. -- Testimonies for the Church 9:116-119. CI 71 1 O que agora se necessita para a edificação de nossas igrejas é do aprazível trabalho de obreiros sábios para discernir e desenvolver talentos na igreja -- talentos que possam ser preparados para o uso do Mestre. [...] Os que estão empenhados em visitar as igrejas, devem ensinar aos irmãos e às irmãs os métodos práticos de fazer trabalho missionário. -- Testimonies for the Church 9:117. Deve existir uma classe para também preparar os jovens. Sejam rapazes ou moças, devem ser preparados para atuar em seus lares, na vizinhança e na igreja ("An Appeal to Ministers and Church Officers"). CI 71 2 Os anjos celestiais têm esperado longamente que os agentes humanos -- os membros da igreja -- com eles cooperem na grande obra a ser feita. Eles continuam esperando por nós. Tão vasto é o campo, tão amplo o objetivo, que todo coração santificado será levado para o serviço, como instrumento do poder divino. -- Testimonies for the Church 9:46, 47. CI 71 3 Se os cristãos agissem de comum acordo, avançando como um só homem, sob a direção de um único Poder, para a realização de um só objetivo, abalariam o mundo. -- Testimonies for the Church 9:221. CI 71 4 O chamado a ser feito nos "caminhos", deve ser proclamado a todos quantos têm parte ativa na obra mundial, aos mestres e guias do povo. Aos que têm sérias responsabilidades na vida pública -- médicos e professores, advogados e juízes, funcionários públicos e comerciantes -- deve ser dada clara, distinta mensagem. "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate de sua alma?" Marcos 8:36, 37. CI 71 5 Muito falamos e escrevemos acerca dos pobres negligenciados; não se deveria dar alguma atenção aos negligenciados ricos? Muitos consideram essa classe como sem esperança, e pouco fazem para abrir os olhos dos que, cegados e deslumbrados pelo poder de Satanás, perderam de vista a eternidade. Milhares de ricos baixaram à sepultura sem serem advertidos porque foram julgados pelas aparências, e passados por alto como casos perdidos. Mas, por mais indiferentes que pareçam, foi-me mostrado que a maioria dessa classe é de almas opressas. Milhares de ricos acham-se famintos quanto ao alimento espiritual. Muitos que ocupam cargos oficiais, sentem a própria necessidade de alguma coisa que não possuem. Poucos entre eles vão à igreja, porque acham que não recebem algum benefício. O ensino que ouvem não lhes toca a alma. Não faremos nós esforço pessoal em seu favor? CI 71 6 Alguém perguntará: Não os podemos alcançar por meio de publicações? Muitos há que não podem ser atingidos por esse método. É de esforço pessoal que eles precisam. Hão de perecer sem uma advertência especial? Não acontecia assim nos tempos da antigüidade. Os servos de Deus eram enviados aos que se encontravam em altas posições, que só podiam encontrar descanso e paz no Senhor Jesus Cristo. CI 72 1 A Majestade do Céu veio ao mundo a fim de salvar a perdida e degradada humanidade. Seus esforços incluíam não somente os miseráveis, mas também os que ocupavam posições de honra. Habilmente buscava Ele acesso às pessoas das classes altas que não conheciam a Deus e não guardavam Seus mandamentos. CI 72 2 A mesma obra continuou depois da ascensão de Cristo. Fico comovida ao ler sobre o interesse manifestado pelo Senhor em Cornélio. Ele era um homem de posição elevada, oficial do exército romano, mas estava andando estritamente em harmonia com a luz que recebera. O Senhor mandou-lhe especial mensagem do Céu e, por meio de outra mensagem, encaminhou Pedro para visitá-lo e comunicar-lhe luz. Deve servir-nos de grande animação em nosso trabalho pensar na compaixão e terno amor de Deus para com os que estão buscando luz, e por ela orando. CI 72 3 Muitos me são apresentados como sendo semelhantes a Cornélio, homens que Deus deseja unir a Sua igreja. Eles simpatizam com o povo que guarda os mandamentos do Senhor. As ligações que os prendem ao mundo, porém, seguram-nos firmemente. Não têm a coragem moral de tomar posição ao lado dos humildes. Cumpre-nos fazer especiais esforços por essas pessoas, necessitadas também de trabalho especial em virtude de suas responsabilidades e tentações. CI 72 4 Segundo a luz que me foi dada, sei que deve ser dito agora aos homens de influência e autoridade no mundo, um positivo: "Assim diz o Senhor." Eles são mordomos a quem Deus confiou importantes legados. Caso Lhe aceitem o convite, Ele os empregará em Sua causa. [...] CI 72 5 Alguns há especialmente aptos para trabalhar entre as classes mais altas: Esses devem buscar diariamente o Senhor, estudando a maneira de se aproximarem dessas pessoas, não tendo apenas uma relação acidental, mas apoderar-se delas por meio de esforço pessoal e fé viva, manifestando profundo amor por sua salvação, verdadeiro interesse em que recebam o conhecimento da verdade como é na Palavra de Deus. -- Testimonies for the Church 6:78-80. ------------------------Capítulo 9 -- As publicações da igreja CI 73 1 Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. Teve por desígnio o preenchimento de um propósito definido. Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas casas publicadoras se encontram entre os mais eficientes instrumentos. [...] As publicações expedidas de nossas editoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. -- Testimonies for the Church 7:138, 139. CI 73 2 Se há um trabalho mais importante do que outro, é o de colocar nossas publicações perante o público, levando-o assim a examinar as Escrituras. A obra missionária -- introduzir nossas publicações nas famílias, conversar e orar com e por elas -- é uma boa obra, e que educará homens e mulheres para fazerem trabalho pastoral. -- Testimonies for the Church 4:390. CI 73 3 A colportagem com nossas publicações é um importante e muito proveitoso setor da obra evangelística. Nossas publicações podem ir a lugares onde não se poderão realizar reuniões. Em tais lugares o fiel colportor-evangelista toma o lugar do pregador vivo. Pela obra da colportagem a verdade é apresentada a milhares que de outro modo não a ouviriam. [...] Os colportores devem ir a várias partes do campo. A importância desta obra é perfeitamente igual à do ministério. O pregador vivo e o mensageiro silencioso são ambos necessários à conclusão da grande obra que está perante nós. -- O Colportor Evangelista, 8. CI 73 4 Deus ordenou a colportagem como um meio de apresentar perante o povo a luz contida em nossos livros, e os colportores devem estar compenetrados da importância de colocar diante do mundo, tão depressa quanto possível, os livros necessários para sua educação e esclarecimento espirituais. Essa é exatamente a obra que o Senhor deseja Seu povo faça neste tempo. Todos os que se consagram a Deus para trabalhar como colportores, estão auxiliando na proclamação da última mensagem de advertência ao mundo. Não podemos avaliar demasiadamente essa obra; porque, não fossem os esforços do colportor, e muitos nunca ouviriam a advertência. -- Testimonies for the Church 6:313. CI 74 1 Nossas publicações devem ir a toda parte. Sejam elas editadas em muitas línguas. A terceira mensagem angélica deve ser proclamada por esse meio e pelo ensinador vivo. Os que crêem na verdade para este tempo, devem despertar! É seu dever recolher agora todos os recursos possíveis, para ajudar os que compreendem a verdade, a proclamá-la. Parte do dinheiro que provém da venda de nossas publicações deve ser empregada para aumentar nossas instalações para a produção de mais literatura que abra olhos cegos e lavre o terreno baldio do coração. -- Testimonies for the Church 9:62. CI 74 2 Fui instruída de que mesmo onde o povo ouve a mensagem do pregador vivo, o colportor deve continuar sua obra em cooperação com o pastor; porque ainda que o ministro apresente fielmente a mensagem, o povo não é capaz de reter toda ela. Por isso, a página impressa é essencial, não somente em despertá-los para o reconhecimento da importância da verdade para este tempo, mas em enraizá-los e firmá-los na verdade e em estabelecê-los contra erros enganosos. As revistas e os livros são o meio de o Senhor conservar a mensagem para este tempo continuamente perante o povo. As publicações farão muito maior obra iluminando e confirmando pessoas na verdade do que a que pode ser cumprida unicamente pelo ministério da palavra. Os silenciosos mensageiros que são colocados nos lares do povo pelo trabalho do colportor, fortalecerão o ministério evangélico em todo sentido; porque o Espírito Santo impressionará a mente ao lerem os livros do mesmo modo que o faz à mente dos que ouvem a pregação da Palavra. O mesmo ministério de anjos que auxilia a obra do pastor, acompanha os livros que contêm a verdade. -- Testimonies for the Church 6:315, 316. CI 74 3 Façam-se planos sábios para ajudar estudantes que o mereçam, a ganharem o seu próprio estipêndio escolar mediante a venda destes livros, se o quiserem. Os que por esse meio ganham recursos suficientes para custear seus estudos num de nossos colégios, adquirirão experiência prática valiosíssima que os capacitará para o trabalho missionário de vanguarda noutros campos. -- Testimonies for the Church 9:79. CI 74 4 Quando os membros da igreja sentirem a importância da circulação de nossas publicações, devotarão mais tempo a essa obra. -- O Colportor Evangelista, 7. CI 74 5 E enquanto durar o tempo de graça, haverá oportunidade para que o colportor trabalhe. -- Testimonies for the Church 6:478. CI 74 6 Irmãos e irmãs, o Senhor ficará satisfeito se houver decidido empenho para sustentar com suas orações e meios a publicadora. Orem, de manhã e de tarde, para que ela receba as mais ricas bênçãos de Deus. Não estimulem a crítica nem as queixas. Não saiam de seus lábios murmurações nem queixumes; lembrem-se de que os anjos ouvem essas palavras. Todos devem ser levados a ver que essas instituições são estabelecidas por Deus. Os que as rebaixam para servir aos próprios interesses, terão que prestar contas a Deus. Determina Ele que tudo que se liga à Sua obra seja tratado como sagrado. -- Testimonies for the Church 7:182, 183. ------------------------Capítulo 10 -- A fé num Deus pessoal CI 75 1 Ver-se-á, no dia do ajuste final de contas, que Deus esteve relacionado com cada pessoa individualmente. Há uma testemunha invisível de toda ação praticada na vida. "Eu sei as tuas obras", diz Aquele que "anda no meio dos sete castiçais de ouro". Apocalipse 2:1. Sabe-se que oportunidades foram negligenciadas, e quão infatigáveis têm sido os esforços do Bom Pastor em buscar os que estavam errantes por caminhos tortuosos, e trazê-los de volta ao trilho da segurança e da paz. Repetidamente tem Deus chamado os amantes de prazeres; freqüentemente tem feito irradiar a luz de Sua palavra em seu caminho, a fim de verem o perigo em que se encontram, e escaparem. Mas eles prosseguem mais e mais, brincando e zombando enquanto viajam pelo caminho largo, até que afinal termina seu tempo de graça. Os caminhos de Deus são justos e iguais; e quando for pronunciada a sentença contra os que são achados em falta, toda boca se calará. -- Testimonies for the Church 5:435. CI 75 2 A força potente que atua por meio de toda a natureza e sustenta todas as coisas não é, como alguns cientistas descrevem, simplesmente um princípio dominante, uma energia impulsionante. Deus é espírito; não obstante é um Ser pessoal, pois o homem foi criado à Sua imagem. CI 75 3 As obras divinas na natureza não são o próprio Deus na natureza. As coisas da natureza são uma expressão do caráter divino; por meio delas podemos compreender o Seu amor, poder e glória; mas não devemos considerar a natureza como sendo Deus. O talento artístico dos seres humanos produz obras muito belas, coisas que deleitam os olhos, e essas coisas nos dão em parte um vislumbre de quem as ideou; mas a obra feita não é o homem. Não é a obra, mas o obreiro que é considerado merecedor de honra. Assim, conquanto a natureza seja uma expressão do pensamento de Deus, não a natureza, mas o Deus da natureza é que deve ser exaltado. [...] CI 75 4 Na criação do homem foi manifesta a intervenção de um Deus pessoal. Quando Deus fez o homem à Sua imagem, a forma humana estava perfeita em toda a sua distribuição, mas sem vida. Então, um Deus pessoal que tem vida em Si mesmo, soprou nessa forma o fôlego da vida, e o homem tornou-se um ser vivente, respirando e dotado de inteligência. Todas as partes do organismo humano entraram em ação. O coração, as artérias, as veias, a língua, as mãos, os pés, os sentidos, as percepções da mente -- todos começaram a funcionar, e todos ficaram sujeitos a uma lei. O homem tornou-se ser vivente. Por meio de Jesus Cristo, um Deus pessoal criou o homem, e dotou-o de inteligência e vigor. CI 76 1 Nossa matéria não estava escondida dEle quando fomos feitos misteriosamente. Seus olhos viram a nossa matéria, se bem que imperfeita; e no Seu livro todos os nossos membros estavam escritos, quando ainda nenhum deles havia. CI 76 2 Acima de todas as ordens de seres inferiores, Deus pretendia que o homem, a obra-prima de Sua criação, expressasse o Seu pensamento e Lhe revelasse a glória. Porém não deve o homem exaltar-se como se fora Deus. [...] CI 76 3 Deus o Pai revelado em Cristo -- Como ser pessoal, Deus Se revelou em Seu Filho. Jesus, o resplendor da glória do Pai, "e a expressa imagem da Sua pessoa" (Hebreus 1:3), veio à Terra sob a forma de homem. Como Salvador pessoal, veio Ele ao mundo. Como Salvador pessoal subiu ao Céu. Como Salvador pessoal, intercede nas cortes celestiais. Perante o trono de Deus ministra em nosso favor "um semelhante ao Filho do homem". Apocalipse 1:13. CI 76 4 Cristo, a luz do mundo, velou o ofuscante esplendor de Sua divindade, e veio viver como homem entre homens, para que, sem serem destruídos, pudessem relacionar-se com seu Criador. Homem algum viu a Deus jamais, exceto na Sua revelação através de Cristo. [...] CI 76 5 Cristo veio revelar aos seres humanos o que Deus quer que saibam. Nos altos céus, na Terra, na imensidão das águas do oceano, vemos as obras da mão de Deus. Todas as coisas criadas testificam do Seu poder, Sua sabedoria, Seu amor. Mas não é das estrelas, nem do oceano, nem da catarata que podemos aprender acerca da personalidade de Deus segundo é revelado em Cristo. CI 76 6 Viu Deus que uma revelação mais clara do que a natureza era necessária para retratar-Lhe a personalidade e o caráter. Enviou Ele o Seu Filho ao mundo para revelar, tanto quanto podia a vista humana suportar, a natureza e os atributos do Deus invisível. CI 76 7 Se Deus desejasse ser representado como personalidade ligada às coisas da natureza -- flor, árvore, hastes da relva -- não teria Cristo falado disso aos Seus discípulos quando esteve na Terra? Mas em parte alguma, nos ensinos de Cristo é Deus representado dessa forma. Cristo e os apóstolos ensinaram claramente a verdade da existência de um Deus pessoal. CI 76 8 Cristo revelou, acerca de Deus, tudo quanto seres humanos pecadores poderiam suportar sem ser destruídos. Ele é o divino Mestre e Iluminador. Se Deus houvesse pensado que necessitávamos de revelações outras que não as feitas através de Cristo, e em Sua Palavra escrita, Ele as teria dado. CI 77 1 Cristo nos dá poder para nos tornarmos filhos de Deus -- Estudemos as palavras proferidas por Cristo no cenáculo, na noite anterior à Sua crucifixão. Aproximava-Se Ele de Sua hora de prova, e tratou de confortar Seus discípulos, que iriam ser severamente tentados e provados. [...] CI 77 2 Não haviam ainda os discípulos compreendido as palavras de Cristo acerca da Sua relação com Deus. Muito do Seu ensino lhes era ainda obscuro. Haviam feito muitas perguntas que revelavam sua ignorância acerca da relação de Deus com eles e quanto aos seus interesses futuros. Cristo queria que tivessem um mais claro e preciso conhecimento de Deus. [...] CI 77 3 Quando, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos, compreenderam eles as verdades proclamadas por Cristo em parábolas. Os ensinos que lhes haviam sido mistérios foram esclarecidos. A compreensão que lhes adveio com o derramamento do Espírito fê-los envergonharem-se de suas teorias fantasiosas. Suas suposições e interpretações eram loucura quando comparadas com o conhecimento das coisas celestiais que então receberam. Foram guiados pelo Espírito; e raiou luz no seu entendimento anteriormente obscurecido. CI 77 4 Os discípulos não haviam, porém, recebido o cumprimento total da promessa de Cristo. Receberam todo o conhecimento de Deus que poderiam suportar, mas o cumprimento integral da promessa de que Cristo lhes mostraria claramente o Pai, ainda estava por vir. Assim acontece hoje. Nosso conhecimento de Deus é parcial e imperfeito. Quando o conflito houver terminado, e Jesus Cristo Homem confessar perante o Pai Seus leais obreiros que, num mundo de pecado, Lhe serviram de testemunhas fiéis, compreenderão eles o que agora lhes são mistérios. CI 77 5 Cristo levou consigo para as cortes celestiais a Sua humanidade glorificada. A quantos O recebem, concede Ele a faculdade de tornarem-se filhos de Deus, para que no final Deus os receba como Seus para com Ele viverem através de toda a eternidade. Se, durante esta vida, forem fiéis a Deus, no final "verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome". Apocalipse 22:4. E qual é a felicidade do Céu senão a de ver a Deus? Que maior júbilo poderá ter o pecador salvo pela graça de Cristo, do que contemplar a face de Deus, e tê-Lo por Pai? CI 77 6 O interesse de Deus por Seus filhos é individualizado -- As Escrituras indicam com clareza a relação que há entre Deus e Cristo, e com idêntica clareza apresentam a personalidade e individualidade de cada um. [...] CI 77 7 Deus é o Pai de Cristo: Cristo é o Filho de Deus. A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus. [...] CI 77 8 Essa unidade é expressa também na oração de Cristo pelos discípulos, no décimo sétimo capítulo de João: CI 77 9 "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos um. Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim". João 17:20-23. CI 78 1 Declaração admirável! A unidade existente entre Cristo e Seus discípulos não destrói a personalidade de nenhum deles, são um no propósito, no pensamento, no caráter, mas não em pessoa. Assim é que Deus e Cristo são um. [...] CI 78 2 O nosso Deus tem o Céu e a Terra sob o Seu comando, e sabe justamente o de que necessitamos. Só vemos um pequeno trecho do caminho que está à nossa frente; mas "todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar". Hebreus 4:13. Ele está entronizado acima do tumulto da Terra; todas as coisas estão ao alcance da Sua divina supervisão; e lá da Sua grande e calma eternidade Ele comanda o que em Sua providência vê ser o melhor. CI 78 3 Nem um passarinho cai ao chão sem que o Pai perceba. O ódio de Satanás contra Deus o induz a deleitar-se até na destruição das mudas criaturas. Somente por meio do cuidado protetor de Deus é que os pássaros são preservados para nos alegrarem com seus cantos de júbilo. Porém, nem os pássaros Ele esquece. "Não temais pois: mais valeis vós do que muitos passarinhos". Mateus 10:31. -- Testimonies for the Church 8:263-269, 272, 273. ------------------------Capítulo 11 -- O cristão é um representante de Deus CI 79 1 É o propósito de Deus tornar evidentes, por meio de Seu povo, os princípios de Seu reino. Mas para que possa revelar esses princípios em sua vida e caráter, o Senhor deseja separá-lo dos costumes, hábitos e práticas do mundo. Procura aproximá-lo de Si para que lhe possa dar a conhecer Sua vontade. [...] CI 79 2 O propósito que Deus quer realizar por meio de Seu povo hoje é o mesmo que desejou realizar por meio de Israel quando o tirou do Egito. Pela contemplação da bondade, misericórdia, justiça e amor de Deus, manifestados na igreja, deve o mundo ter uma idéia de Seu caráter. E se a lei divina for desse modo exemplificada na conduta dos que a professam, o próprio mundo reconhecerá a superioridade dos que amam, temem e servem a Deus sobre o restante da humanidade. CI 79 3 Os olhos do Senhor fixam-se em cada um dos membros de Seu povo; Ele tem um plano para cada um. É Seu propósito que os que cumprem Seus santos preceitos, sejam um povo distinto. Ao povo de Deus, aplica-se ainda hoje, como ao antigo Israel, as palavras escritas por Moisés sob a inspiração divina: "Povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há". Deuteronômio 7:6. -- Testimonies for the Church 6:9, 12. CI 79 4 Desenvolver um caráter semelhante ao de Cristo -- A religião de Cristo jamais degrada o que a recebe; ela nunca o torna ríspido ou rude, descortês ou pretensioso, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, ela refina o gosto, santifica o discernimento, e purifica e enobrece os pensamentos, levando-os cativos a Cristo. O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que o possa conceber o mais elevado pensamento humano. Em Sua santa lei Ele deu uma mostra do Seu caráter. [...] CI 79 5 O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Acha-se aberta diante de nós uma senda de progresso contínuo. Temos um objetivo a atingir, uma norma a alcançar, a qual inclui tudo que é bom, puro, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para a frente e para o alto, rumo á perfeição do caráter. -- Testimonies for the Church 8:63, 64. CI 79 6 Seremos, individualmente, para o tempo e a eternidade, o que nossos hábitos fizerem de nós. A vida dos que formam bons hábitos, e são fiéis no cumprimento de todo dever, será como luz brilhante, lançando raios vivos no caminho dos outros; caso, porém, haja condescendência com hábitos de infidelidade, se se permitem fortalecer os hábitos frouxos, indolentes e descuidados, repousará sobre as perspectivas dessa vida uma nuvem mais sombria que a meia-noite, a qual excluirá para sempre a vida futura. -- Testimonies for the Church 4:452. CI 80 1 Bem-aventurado aquele que dá ouvidos às palavras da vida eterna. Guiado pelo "Espírito da verdade" (João 16:13), ele será conduzido a toda a verdade. Não será amado, honrado e louvado pelo mundo; será, porém, precioso aos olhos do Céu. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele". 1 João 3:1. -- Testimonies for the Church 5:439. CI 80 2 Viver corajosamente nos dias atuais -- A verdade de Deus, recebida no coração, é capaz de fazê-la sábia "para a salvação". 2 Timóteo 3:15. Crendo nela e obedecendo-lhe, receberá graça suficiente para os deveres e provas de cada dia. Você não necessita de graça para o dia de amanhã. Cumpre-lhe considerar que você só tem que ver com o dia de hoje. Vença por hoje; negue-se por hoje; vigie e ore por hoje; em Deus obtenha vitória por hoje. Nossas circunstâncias e ambiente, as mudanças que diariamente surgem ao nosso redor e a Palavra Escrita de Deus que discerne e prova tudo -- estas coisas são suficientes para nos ensinar o dever, e o que nos cumpre fazer dia a dia. Em vez de deixar que sua mente vagueie numa linha de pensamentos de que não tirará nenhum benefício, você deve examinar diariamente as Escrituras, e cumprir aqueles deveres da vida diária que presentemente lhe são enfadonhos, mas que devem ser cumpridos por alguém. -- Testimonies for the Church 3:333. CI 80 3 Muitos fixam os olhos na terrível impiedade que existe em torno deles, a apostasia e fraqueza de todos os lados, e falam sobre essas coisas até que o coração se lhes enche de tristeza e dúvida. Conservam especialmente na imaginação a magistral operação do arquienganador, e pensam nos aspectos desanimadores de sua vida, ao passo que parecem perder de vista o poder do Pai celeste e Seu incomparável amor. Tudo isso é justamente o que Satanás quer. É um erro pensar no inimigo da justiça como revestido de tão grande poder, quando tão pouco demoramos no amor de Deus e em Sua força. Precisamos falar no poder de Cristo. Somos indizivelmente impotentes para nos salvar das garras de Satanás; Deus, porém, indicou um meio de escape. O Filho do Altíssimo tem poder para combater o combate por nós, e "por Aquele que nos amou", podemos sair "mais que vencedores". Romanos 8:37. CI 80 4 Não há nenhuma força espiritual para nós em continuamente pensar em nossa fraqueza e nossos desvios, e lamentar a força de Satanás. Esta grande verdade deve ser estabelecida como princípio vivo em nosso espírito e coração -- a eficácia da oferta feita por nós; que Deus pode salvar perfeitamente, e salva todos quantos a Ele se achegam cumprindo as condições especificadas em Sua Palavra. Nossa obra é colocar a própria vontade ao lado da Sua. Então, mediante o sangue da expiação, tornamo-nos participantes da natureza divina; por intermédio de Cristo, somos filhos de Deus, e temos a certeza de que Deus nos ama, mesmo como amou a Seu Filho. Somos um com Jesus. Andamos seguindo a direção de Cristo: Ele tem poder para dissipar as negras sombras lançadas por Satanás em nosso caminho; e, em vez de trevas e desânimo, brilha em nosso coração o sol de Sua glória. [...] CI 81 1 Irmãos e irmãs, é pela contemplação que somos transformados. Fixando-nos no amor de Deus e nosso Salvador, mediante a contemplação da perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como sendo nossa pela fé, haveremos de ser transformados à mesma imagem. Não reunamos, pois, todos os quadros desagradáveis -- iniqüidades, corrupções e decepções, provas do poder de Satanás a fim de os suspender nas paredes da memória, para falar e lamentar sobre essas coisas até que todos fiquem completamente desanimados. Uma alma desanimada é um corpo entenebrecido, não deixando de receber, ele somente, a luz de Deus. mas impedindo-a de atingir aos outros. Satanás gosta de ver o efeito dos quadros de seus triunfos, tornando as criaturas humanas destituídas de fé e desalentadas. -- Testimonies for the Church 5:741, 744, 745. CI 81 2 Representamos a Deus através de uma vida sem egoísmo -- O pecado com que mais se condescende, e que nos separa de Deus e produz tantas contagiosas perturbações espirituais, é o egoísmo. Não pode haver retribuição ao Senhor, a não ser por meio da abnegação. Não podemos fazer coisa alguma de nós mesmos, mas mediante a força que Deus nos comunica, podemos viver para fazer bem aos outros, esquivando-nos assim ao mal do egoísmo. Não necessitamos ir para terras pagãs para manifestar nosso desejo de consagrar a Deus tudo, em uma vida útil, abnegada. Devemos fazer isto no círculo familiar, na igreja, entre aqueles com quem convivemos, e com quem temos negócios. Justamente nas ocupações comuns da vida, é que nos cumpre negar-nos a nós mesmos e manter o eu em sujeição. Paulo podia dizer: "Cada dia morro". 1 Coríntios 15:31. É o morrer diário para o próprio eu nas pequeninas decisões da vida, que nos torna vencedores. Devemos esquecer o próprio eu no desejo de fazer bem aos outros. Há por parte de muitos decidida falta de amor para com os outros. Em vez de cumprirem fielmente seu dever, buscam de preferência o próprio prazer. [...] CI 81 3 No Céu, ninguém pensará em si mesmo, nem buscará o próprio prazer; mas todos, movidos por puro e genuíno amor, buscarão a felicidade dos seres celestes que os rodeiam. Caso desejemos fruir a sociedade celeste na Terra renovada, precisamos ser aqui regidos por princípios celestiais. -- Testimonies for the Church 2:132, 133. CI 82 1 Foi-me mostrado que há demasiado comparar-nos uns aos outros, tomando por exemplo mortais falíveis, quando temos um seguro e infalível Modelo. Não nos devemos medir pelo mundo, nem pelas opiniões dos homens, nem pelo que nós éramos antes de abraçarmos a verdade. Nossa fé e posição no mundo, porém, tais como são agora, devem ser comparados com o que poderiam ter sido, caso nossa conduta tivesse sido sempre para a frente e para cima, desde que professamos ser seguidores de Cristo. Esta é a única comparação digna de confiança que se pode fazer. Em qualquer outra haverá engano. Se o caráter moral e o estado espiritual do povo de Deus não correspondem às bênçãos, privilégios e luz a eles concedidos, são pesados na balança, e os anjos fazem o registro: Em falta. -- Testimonies for the Church 1:406. CI 82 2 O pecado imperdoável -- Que constitui o pecado contra o Espírito Santo? Está em voluntariamente atribuir a Satanás a obra do Espírito Santo. Por exemplo, suponhamos que alguém seja testemunha de uma nova manifestação especial do Espírito de Deus. Possui prova convincente de que o fato está em harmonia com as Escrituras, e o Espírito testemunha com seu espírito que é de Deus. Depois, entretanto, a pessoa cai em tentação; orgulho, convencimento, ou qualquer outro mau traço a domina; e, ao rejeitar todas as provas de seu divino caráter, declara que tudo o que antes reconhecera como sendo o poder do Espírito Santo era apenas o de Satanás. É por meio de Seu Espírito que Deus atua no coração humano; e quando o homem voluntariamente rejeita o Espírito e declara ser o de Satanás, interrompe o canal por meio do qual Deus Se pode comunicar com ele. Pela negação da prova que Deus Se dignou conceder-lhe, apaga a luz que lhe estivera a brilhar no coração e, como resultado, é deixado em trevas. Assim se verificam as palavras de Cristo: "Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!". Mateus 6:23. Por algum tempo, pessoas que tenham cometido este pecado podem parecer serem filhos de Deus; mas quando surgem circunstâncias destinadas a desenvolver o caráter e mostrar de que espírito são, ver-se-á que se acham no terreno do inimigo, arregimentadas sob sua negra bandeira. -- Testimonies for the Church 5:634. CI 82 3 Confessar ou negar a Cristo -- Em nosso convívio na sociedade, em família, ou em quaisquer relacionamentos da vida em que sejamos colocados, limitados ou extensos que sejam, há muitas maneiras pelas quais podemos confessar a nosso Senhor, e muitos modos pelos quais podemos negá-Lo. Podemos negá-Lo por nossas palavras, falando mal de outros, por conversas levianas, gracejos e zombarias, por palavras ociosas ou cruéis, ou por prevaricar, falando contrariamente à verdade. Por nossas palavras podemos confessar que Cristo não está em nós. Por nosso caráter, podemos negá-Lo pelo amor da comodidade, esquivando-nos aos deveres e responsabilidades da vida que cevem recair sobre outros, se nós não os assumirmos, e amando os prazeres pecaminosos. Podemos também negar a Cristo pelo orgulho no vestuário e conformidade com o mundo, ou por uma conduta descortês. Podemos negá-Lo pelo amor a nossas próprias opiniões, buscando sustentar e justificar o próprio eu. Também podemos negá-Lo, permitindo a mente girar em torno do sentimentalismo amoroso, e demorando os pensamentos sobre nossa suposta dura sorte, nossas provações. CI 83 1 Pessoa alguma pode na verdade confessar a Cristo perante o mundo, a menos que nela habitem a mente e o espírito de Cristo. Impossível é comunicarmos aquilo que não possuímos. A conversação e a conduta devem ser real e visível expressão da graça e verdade interiores. Caso o coração seja santificado, submisso e humilde, os frutos serão vistos exteriormente e serão a mais eficaz confissão de Cristo. -- Testimonies for the Church 3:331, 332. ------------------------Capítulo 12 -- No mundo, mas não do mundo CI 84 1 Foi-me mostrado nosso perigo como um povo, de nos assemelharmos ao mundo, e não à imagem de Cristo. Achamo-nos agora nas próprias fronteiras do mundo eterno; mas é desígnio do adversário de nossa alma levar-nos a adiar para longe o fim do tempo. Satanás assaltará de todas as maneiras possíveis os que professam ser observadores dos mandamentos de Deus, e estar aguardando a segunda vinda de nosso Salvador nas nuvens do céu com poder e grande glória. Ele levará o maior número possível a adiar o dia mau e se tornar no procedimento, semelhante ao mundo, imitando-lhe os costumes. CI 84 2 Senti-me alarmada quando vi que o espírito do mundo controlava o coração e a mente de muitos que fazem alta profissão da verdade. Abrigam o egoísmo e a condescendência consigo mesmos; mas não cultivam a verdadeira piedade e a genuína integridade. -- Testimonies for the Church 4:306. CI 84 3 Integridade cristã -- Sede rigidamente honestos em toda transação comercial. Embora tentados, nunca enganeis ou mintais na mínima coisa. Às vezes, um impulso natural pode trazer a tentação de vos desviardes do trilho reto da honestidade, mas não varieis nem um fio de cabelo sequer. Se fizerdes, em qualquer questão, uma declaração quanto ao que faríeis, e depois descobrirdes que favorecestes a outros com prejuízo próprio, não vos desvieis nem um fio de cabelo dos princípios. Cumpri vosso acordo. -- Orientação da Criança, 154. CI 84 4 A Bíblia condena, da forma mais veemente, toda falsidade, fraude e desonestidade. O justo e o errado são discriminados claramente. Mas foi-me mostrado que o povo de Deus se colocou em terreno do inimigo: cedeu a suas tentações e seguiu-lhe os artifícios, até se tornarem perigosamente embotadas as suas sensibilidades. Um leve desvio da verdade, uma pequenina variação das reivindicações de Deus, não é, afinal, considerado muito pecaminoso, quando se acham envolvidos ganho ou perda de dinheiro. Mas pecado é pecado, seja cometido pelo milionário ou pelo que pede esmolas nas ruas. Os que adquirem bens mediante engano, trazem sobre si a condenação. Tudo quanto for adquirido por meio de engano e fraude só trará maldição a quem o receber. -- Testimonies for the Church 4:311. CI 85 1 [Aquele que] segue um mau procedimento, profere falsidade ou pratica engano, perde o respeito de si mesmo. Ele pode não ter consciência de que Deus o vê e está a par de cada ação, de que anjos estão pesando seus motivos e ouvindo suas palavras e de que sua recompensa será de acordo com suas obras; mas se fosse possível ocultar seu mau procedimento da inspeção humana e divina, o fato de que ele mesmo o conhece, é degradante a seu espírito e caráter. Um único ato não determina o caráter, mas quebra a barreira; e a próxima tentação é mais prontamente abrigada, até que, finalmente, se forma um hábito de mentira e desonestidade no negócio, e o homem se torna indigno de confiança. -- Testimonies for the Church 5:396. CI 85 2 Deus quer que os homens ao Seu serviço, sob Sua bandeira, sejam estritamente honestos, de caráter irrepreensível, que sua língua não pronuncie nada que se assemelhe a uma inverdade. A língua deve ser verdadeira, verdadeiros os olhos, as ações inteira e completamente de molde que Deus as possa recomendar. Estamos vivendo sob as vistas de um Deus santo, que declara solenemente: "Eu sei as tuas obras." Os olhos divinos estão sempre sobre nós. Não podemos encobrir de Deus um ato injusto. Que Deus é testemunha de cada uma de nossas ações, é uma verdade que apenas poucos reconhecem. -- Orientação da Criança, 152. CI 85 3 O crente deve ser a pessoa mais honesta -- Homem honesto, à maneira de Cristo julgar, é o que manifesta inflexível integridade. Pesos enganosos e balanças falsas, com os quais muitos buscam aumentar seus ganhos no mundo, são abominação à vista de Deus. Não obstante, muitos dos que professam guardar os mandamentos de Deus fazem uso de balanças e pesos falsos. Quando um homem se acha realmente ligado a Deus, e observando Sua lei em verdade, sua vida revelará este fato; pois todas as suas ações se encontrarão em harmonia com os ensinos de Cristo. Não venderá sua honra por lucro. Seus princípios são edificados sobre o firme fundamento, e sua conduta em assuntos temporais é um transcrito de seus princípios. A firme integridade brilha como o ouro entre o cascalho e o lixo do mundo. CI 85 4 Engano, falsidade e infidelidade podem ser dissimulados e ocultos dos olhos humanos, mas não dos olhos de Deus. Os anjos de Deus, que observam o desenvolvimento do caráter e pesam o valor moral, registram nos livros do Céu essas pequeninas transações reveladoras do caráter. Se um trabalhador for infiel nas ocupações diárias da vida, e negligenciar sua obra, o mundo não julgará incorretamente se avaliar a norma religiosa desse trabalhador segundo a que mantém nos negócios. -- Testimonies for the Church 4:310, 311. CI 85 5 A crença na iminente vinda do Filho do homem nas nuvens do céu não levará o verdadeiro cristão a tornar-se negligente e descuidado nas atividades comuns da vida. Os expectantes, que aguardam o breve aparecimento de Cristo, não ficarão ociosos, mas serão diligentes nas atividades. Seu trabalho não será feito descuidada e desonestamente, mas com fidelidade, prontidão e perfeição. Os que se lisonjeiam com o pensamento de que a descuidada desatenção às coisas desta vida seja evidência de sua espiritualidade e sua separação do mundo, acham-se sob grande engano. Sua veracidade, fidelidade e integridade são provadas nas coisas temporais. Se forem fiéis no mínimo, sê-lo-ão no muito. CI 86 1 Foi-me mostrado que aqui é onde muitos deixarão de suportar a prova. Desenvolvem seu verdadeiro caráter na administração das coisas temporais. Manifestam infidelidade, projetos dolosos e desonestidade no trato com os semelhantes. Não consideram que o alcançar a imortal vida futura depende de como procedem nos negócios desta vida e que para a formação de um caráter justo é indispensável a mais estrita integridade. Por toda parte, em nossas fileiras, é praticada a desonestidade, e essa é a causa da mornidão por parte de muitos que professam crer na verdade. Não se acham ligados a Cristo, e iludem sua própria alma. Entristece-me o coração, fazer a declaração de que existe uma alarmante falta de honestidade mesmo entre observadores do sábado. -- Testimonies for the Church 4:309, 310. CI 86 2 Sociedades mundanas -- Alguns não têm tato para lidar sabiamente com os assuntos mundanos. Faltam-lhes as necessárias habilitações, e Satanás deles se aproveita. Quando assim é, essas pessoas não devem ignorar sua deficiência. Devem ser suficientemente humildes para, antes de executarem seus planos, aconselharem-se com seus irmãos, em cujo discernimento podem confiar. Fui encaminhada para este texto: "Levai as cargas uns dos outros". Gálatas 6:2. Alguns não são humildes bastante para deixar que os que possuem discernimento raciocinem por eles, enquanto não levarem a efeito os próprios projetos, e se virem envolvidos em dificuldades. Vêem então a necessidade do conselho e do juízo de seus irmãos; mas quão mais pesado é então o fardo do que a princípio! Os irmãos não devem descer ajuízo, caso seja possível evitá-lo; pois dão assim grande vantagem ao inimigo para os enredar e desconcertar. Seria melhor entrar em entendimento, mesmo com prejuízo. -- Testimonies for the Church 1:200, 201. CI 86 3 Vi que Deus estava desgostoso com Seu povo por se tornarem fiadores de incrédulos. Minha atenção foi dirigida para estes textos: "Não estejas entre os que dão as mãos, e entre os que ficam por fiadores de dívidas". Provérbios 22:26. "De certo sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro". Provérbios 11:15. Mordomos infiéis! Empenham aquilo que pertence a outro -- seu Pai celeste -- e Satanás está a postos para ajudar seus filhos a arrebatá-lo de suas mãos. Os observadores do sábado não devem ser sócios dos incrédulos. O povo de Deus confia demasiado nas palavras dos estranhos, e buscam-lhes o conselho, quando não o devem fazer. O inimigo os torna agentes seus, e por intermédio deles trabalha para desconcertar os filhos de Deus, e os prejudicar. -- Testimonies for the Church 1:200. ------------------------Capítulo 13 -- A Bíblia CI 87 1 Nas Escrituras, milhares de gemas da verdade se encontram ocultas para o pesquisador superficial. Jamais se esgota a mina da verdade. Quanto mais se estuda a Bíblia, com coração humilde, tanto maior será seu interesse, e tanto mais sentirá a impressão de exclamar, com Paulo: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos!". Romanos 11:33. -- Testimonies for the Church 5:266. CI 87 2 Cristo e a Sua Palavra estão em harmonia perfeita. Quando recebidos e obedecidos, abrem um caminho seguro para os pés de todos quantos se dispõem a andar na luz, como Cristo na luz está. Se o povo de Deus apreciasse a Sua Palavra, teríamos um Céu na igreja, aqui na Terra. Os cristãos estariam ávidos, famintos de pesquisar a Palavra. Impacientes esperariam o momento de comparar textos com textos, e de meditar sobre a Palavra. Estariam mais ávidos da iluminação da Palavra, do que ansiosos pelo jornal matutino, revistas ou ficção. Seu maior desejo seria comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Em resultado, sua vida se amoldaria aos princípios e promessas da Palavra. Essas instruções seriam para eles como as folhas da árvore da vida. Ou como uma fonte de água que saltaria para a vida eterna. Chuvas frescas de bênçãos lhes refrigerariam e revigorariam o espírito, levando-os a esquecer todo trabalho e canseira. Seriam fortalecidos e animados pelas palavras da inspiração. -- Testimonies for the Church 8:193. CI 87 3 Em sua vasta série de estilos e assuntos, a Bíblia tem algo para interessar a todo espírito e apelar a cada coração. Encontram-se em suas páginas as mais antigas histórias, as mais fiéis biografias, princípios governamentais para a orientação de Estados, para a direção do lar, princípios estes que a sabedoria humana jamais igualou. Contém a mais profunda filosofia, a poesia mais doce e sublime, mais apaixonada e patética. Os escritos da Bíblia são de um valor incomensuravelmente acima das produções de qualquer autor humano, mesmo considerados sob esse ponto de vista; mas de um objetivo infinitamente mais amplo, de valor infinitamente maior, são eles sob o ponto de vista de sua relação para com o grandioso pensamento central. Encarado à luz deste conceito, cada tópico tem nova significação. Nas verdades mais singelamente referidas, acham-se envolvidos princípios que são tão altos como o céu e abrangem a eternidade. -- Educação, 125. CI 88 1 Dia a dia você deve aprender alguma coisa nova das Escrituras. Pesquise-as como se buscasse tesouros escondidos, pois contêm as palavras da vida eterna. Ore pedindo sabedoria e entendimento a fim de compreender esses santos escritos. Se isso fizer, você encontrará novas belezas na Palavra de Deus; sentirá que recebeu nova e preciosa luz sobre assuntos relacionados com a verdade, e a Bíblia será cada vez mais valorizada em seu apreço. -- Testimonies for the Church 5:266. CI 88 2 As verdades da Bíblia, recebidas, erguerão o espírito de sua afeição às coisas mundanas e seu envilecimento. Se a Palavra de Deus fosse apreciada como deveria ser, tanto os novos como os adultos possuiriam uma retidão interior, uma força de princípios, que os habilitariam a resistir à tentação. -- Testimonies for the Church 8:319. CI 88 3 Estudar diligente e sistematicamente -- Pais, se quiserem educar seus filhos para servir a Deus e fazer o bem no mundo façam da Bíblia o seu guia. Ela expõe os ardis de Satanás. É a grande luz da humanidade, o reprovador e corregedor dos males morais, o que nos habilita a fazer distinção entre o verdadeiro e o falso. Seja o que for que se ensine no lar ou na escola, a Bíblia deve, como grande educadora, ter o primeiro lugar. Caso lhe seja concedida essa posição, Deus será honrado e por vocês trabalhará na conversão de seus filhos. Há nesse santo Livro rica mina de verdade e beleza, e os pais terão de culpar a si mesmos se não o tornarem intensamente interessante para os filhos. -- Testimonies for the Church 5:322. CI 88 4 "Está Escrito" foi a única arma que Cristo usou quando o tentador chegou com os seus enganos. O ensino da verdade bíblica é a grande e sublime obra que todo pai deve empreender. Em agradável e alegre disposição de espírito, apresentai aos vossos filhos a verdade, conforme foi falada por Deus. Como pais e mães, podereis ser lições objetivas para as crianças na vida diária, praticando a paciência, a bondade e o amor, atraindo-as a vós. Não permitais que façam o que quiserem, mas mostrai-lhes que vosso trabalho é praticar a Palavra de Deus e criá-las na doutrina e na admoestação do Senhor. CI 88 5 Tende método no estudo das Escrituras em vossa família. Negligenciai qualquer coisa que seja de natureza temporal, [...] mas tende a certeza de que a alma é alimentada com o pão da vida. É impossível estimar os bons resultados de uma hora, ou mesmo de meia hora, cada dia, dedicada de maneira alegre e social à Palavra de Deus. Fazei da Bíblia seu próprio expositor, reunindo tudo que se diz concernente a um dado assunto, em tempos diferentes e sob circunstâncias várias. Não interrompais vossa aula doméstica para atender a pessoas que chamam ou a visitas. Se chegarem durante o culto, convidai-as a participar dele. Veja-se que considerais mais importante obter conhecimento da Palavra de Deus do que alcançar os lucros ou prazeres do mundo. CI 89 1 Se estudássemos diligentemente a Bíblia cada dia e com oração, veríamos diariamente alguma bela verdade em nova, clara e penetrante luz. [...] CI 89 2 Deveis fazer da Bíblia vosso guia, se quiserdes criar vossos filhos na doutrina e na admoestação do Senhor. Sejam a vida e o caráter de Cristo apresentados como um modelo que devem imitar. Caso errem, lede-lhes o que o Senhor disse com relação a idênticos pecados. Há necessidade de constante cuidado e diligência nessa obra. Um mau traço tolerado pelos pais, não corrigido pelos professores, pode fazer com que todo o caráter fique deformado e desequilibrado. Ensinai às crianças que devem ter um coração novo, que novos gostos devem ser criados, novos motivos inspirados. Devem ter o auxílio de Cristo; devem familiarizar-se com o caráter de Deus segundo é revelado em Sua Palavra. -- Orientação da Criança, 510, 511, 515. CI 89 3 Iluminação divina prometida ao leitor -- A Palavra de Deus, como o caráter de seu Autor divino, apresenta mistérios que jamais poderão ser plenamente compreendidos por seres finitos. Dirige nosso espírito ao Criador, que "habita na luz inacessível". 1 Timóteo 6:16. Apresenta-nos Seus propósitos que abrangem todos os séculos da história humana e alcançam seu cumprimento na eternidade. Chama nossa atenção para assuntos de infinita profundidade e importância, relacionados com o governo de Deus e o destino da humanidade. A entrada do pecado no mundo, a encarnação de Cristo, a regeneração, a ressurreição e muitos outros assuntos apresentados na Bíblia são mistérios demasiado profundos para a mente humana poder explicar, ou mesmo compreender plenamente. Mas Deus nos deu nas Escrituras evidência suficiente quanto ao seu caráter divino, e não devemos duvidar de Sua Palavra por não compreendermos todos os mistérios de Sua providência. [...] CI 89 4 Se fosse possível aos seres criados alcançarem plena compreensão de Deus e Suas obras, então, tendo alcançado esse ponto, não haveria para eles novas descobertas de verdade, nem crescimento em sabedoria, nem outro desenvolvimento do espírito e do coração. Deus não mais seria supremo; e os homens, tendo atingido os limites do conhecimento e das realizações, deixariam de avançar. Demos graças a Deus por assim não ser. Deus é infinito; nEle "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". Colossences 2:3. E por toda a eternidade os homens poderão pesquisar sempre, sempre aprendendo, e no entanto jamais esgotarão os tesouros de Sua sabedoria, Sua bondade e Seu poder. [...] CI 89 5 Sem a guia do Espírito Santo estaremos continuamente sujeitos a torcer as Escrituras ou a interpretá-las erradamente. Há muita leitura da Bíblia que é sem proveito, e em muitos casos positivo mal. Quando a Palavra de Deus é aberta sem reverência e sem oração; quando os pensamentos e afeições não se fixam em Deus ou não estão em harmonia com a Sua vontade, o espírito se envolve em dúvida: e no próprio estudo da Bíblia se fortalece o ceticismo. O inimigo toma conta dos pensamentos, e sugere interpretações incorretas. -- Testimonies for the Church 5:699, 703-705. CI 90 1 O gosto pelo estudo da Bíblia não é natural -- Tanto adultos como jovens negligenciam a Bíblia. Não fazem dela seu estudo, a regra de sua vida. Os jovens, especialmente, são culpados dessa negligência. A maioria deles encontra tempo para ler outros livros, mas aquele que indica o caminho da vida eterna não é diariamente estudado. Histórias ociosas são lidas atentamente, ao passo que a Bíblia é negligenciada. Esse Livro é nosso guia para uma vida mais elevada e santa. Os jovens o declarariam o mais interessante livro que já leram, não estivesse sua imaginação pervertida pela leitura de histórias de ficção. -- Orientação da Criança, 508, 509. CI 90 2 Como um povo que tem tido grande luz, devemos ser edificantes em nossas palavras e hábitos, em nossa vida doméstica e associação. Dai à Palavra sua honrada posição como guia no lar. Seja ela considerada conselheiro em cada dificuldade, a norma de cada ação. Convencer-se-ão meus irmãos e irmãs de que jamais poderá haver verdadeira prosperidade de qualquer pessoa no círculo familiar, a não ser que a verdade de Deus, a sabedoria da justiça presidam? Todos os esforços devem ser feitos pelos pais e mães para tirar de sua própria mente o hábito ocioso de considerar o serviço de Deus um fardo. O poder da verdade deve ser um agente santificador no lar. -- Orientação da Criança, 509. CI 90 3 Na tenra infância, as crianças devem ser ensinadas quanto aos reclamos da lei de Deus e a fé em Jesus, nosso Redentor, para purificar da mancha do pecado. Essa fé deve ser ensinada dia a dia, por preceito e exemplo. -- Testimonies for the Church 5:329. CI 90 4 O estudo da Bíblia fortalece o intelecto -- Se a Bíblia fosse estudada como deveria ser, os homens se tornariam intelectualmente fortes. Os assuntos tratados na Palavra de Deus, a digna simplicidade de sua exposição, os nobres temas que ela apresenta ao espírito, desenvolvem no homem faculdades que de outro modo não se podem desenvolver. Abre-se, na Bíblia, um campo ilimitado à imaginação. O aluno sairá da contemplação de seus grandiosos temas, da associação com suas sublimes imagens com pensamentos e sentimentos mais puros e elevados que se tivesse passado o tempo lendo qualquer obra de mera origem humana, sem falar nas de caráter leviano. Os jovens deixam de alcançar seu mais nobre desenvolvimento, quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria: a Palavra de Deus. A razão de termos tão poucos homens de bom espírito, de estabilidade e de sólido valor, é que Deus não é temido, Deus não é amado, os princípios religiosos não são aplicados à vida como devem ser. CI 90 5 Deus quer que aproveitemos todos os meios de cultivar e fortalecer nossas faculdades intelectuais. [...] Se a Bíblia fosse mais lida, fossem suas verdades melhor compreendidas, e seríamos um povo muito mais iluminado e inteligente. Pelo exame de suas páginas é comunicada energia à alma. -- Orientação da Criança, 507. CI 91 1 O ensino da Bíblia tem um papel de importância vital na prosperidade do homem em todas as relações da presente vida. Desvenda os princípios que são a pedra angular da prosperidade de uma nação -- princípios esses que se prendem ao bem-estar da sociedade, e que são a salvaguarda da família, princípios sem os quais ninguém pode chegar a ser útil, feliz e honrado nesta vida, ou esperar conseguir a vida futura e imortal. Não há posição alguma na vida, nem ramo da experiência humana, para os quais o ensino da Bíblia não seja um preparo essencial. -- Patriarcas e Profetas, 599. CI 91 2 Cristo em toda a Bíblia -- O poder de Cristo, o Salvador crucificado, para conceder a vida eterna, deve ser apresentado ao povo. Devemos demonstrar-lhes que o Antigo Testamento é tão certamente o evangelho em sombras e figuras, como o é o Novo em seu poder revelado. O Novo Testamento não apresenta uma religião nova; o Antigo Testamento não apresenta uma religião que deva ser substituída pelo Novo. O Novo Testamento é apenas a seqüência e revelação do Antigo. CI 91 3 Abel cria em Cristo, e foi tão certamente salvo pelo Seu poder, quanto o foram Pedro e Paulo. Enoque foi tão certamente representante de Cristo quanto o amado discípulo João. Andou Enoque com Deus, e não se viu mais, porquanto Deus para Si o tomou. A ele foi confiada a mensagem da segunda vinda de Cristo. "Destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos". Judas 14. A mensagem pregada por Enoque e sua trasladação para o Céu, foram um argumento convincente para todos quantos viviam em seu tempo; foram um argumento que Matusalém e Noé puderam usar com autoridade para demonstrar que os justos podiam ser trasladados. CI 91 4 O Deus que andou com Enoque foi o nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Era a luz do mundo como o é agora. Os que então viviam não estavam sem mestres que os instruíssem na senda da vida; porque Noé e Enoque eram cristãos. Em Levítico, o evangelho é apresentado em preceitos. Obediência implícita é exigida agora como então. Como é necessário que compreendamos a importância dessa palavra! CI 91 5 É feita a pergunta: Qual é a causa da escassez existente na igreja? A resposta é: Permitimos que a nossa mente se apartasse da Palavra. Se a Palavra de Deus fosse comida como alimento espiritual; se fosse tratada com respeito e deferência, não haveria necessidade dos muitos e repetidos Testemunhos que são concedidos. As simples declarações das Escrituras seriam aceitas e obedecidas. -- Testimonies for the Church 6:392, 393. ------------------------Capítulo 14 -- Testemunhos para a igreja CI 92 1 À medida que o fim se aproxima e há um contínuo crescimento da obra que tem por objetivo transmitir ao mundo a última advertência, torna-se mais importante para os que abraçaram a verdade possuir uma compreensão clara da natureza e da influência dos Testemunhos que Deus, em Sua providência, vinculou à obra da terceira mensagem angélica desde a sua origem. [...] CI 92 2 Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Nunca houve um tempo no qual Deus instruísse Seu povo mais intensamente do que os instrui agora a respeito de Sua vontade e da conduta que deseja que sigam. [...] CI 92 3 Não são feitas aos que erram entre os adventistas do sétimo dia advertências e reprovações porque sua vida seja mais repreensível do que a de professos cristãos das igrejas nominais, [...] mas porque eles têm grande luz, e porque, pela sua profissão de fé, se colocaram como povo especial, escolhido de Deus, tendo Sua lei escrita no coração. -- Testimonies for the Church 5:654, 661. CI 92 4 As mensagens que me foram comunicadas para indivíduos, eu as tenho às vezes lançado sobre papel, fazendo-o quase sempre por insistente pedido das pessoas a quem diziam respeito. À medida que o meu trabalho se estendia, isso se tornou uma parte considerável e laboriosa das minhas ocupações. [...] CI 92 5 Numa visão que tive há uns vinte anos [1871], fui instruída a destacar alguns princípios gerais, oralmente e por escrito, e ao mesmo tempo especificar os perigos, erros e pecados de alguns indivíduos, para que todos fossem advertidos, reprovados e aconselhados. Vi que todos devem fazer um exame minucioso de sua consciência para saber se não têm cometido os mesmos erros pelos quais outros foram repreendidos, e se as advertências feitas a outros não se aplicam também ao seu caso. Em caso afirmativo, devem sentir que esses conselhos e repreensões foram dados também a eles, e fazer deles uma aplicação tão prática como se estivessem sido dirigidos especialmente a eles. CI 92 6 Deus intenta provar a fé de todos os que alegam ser seguidores de Cristo. Ele provará a sinceridade das orações de todos aqueles que dizem ser seu sincero desejo conhecer o próprio dever. Ele tornará claro o dever de cada um, dando a todos uma oportunidade de desenvolver o que está dentro do coração. [...] CI 93 1 Mas o Senhor reprova e corrige o povo que professa guardar Sua lei. Aponta-lhes os pecados e manifesta-lhes a iniqüidade, porque deles deseja separar todo pecado e impiedade, a fim de que aperfeiçoem a santidade em Seu temor. Deus os repreende, reprova e castiga, de modo a serem purificados, santificados, elevados, sendo afinal exaltados a Seu próprio trono. [...] CI 93 2 Conduzir as pessoas até a Bíblia -- Os Testemunhos não estão destinados a comunicar nova luz; e sim a imprimir fortemente na mente as verdades da inspiração que já foram reveladas. Os deveres do homem para com Deus e seu semelhante estão claramente discriminados na Palavra de Deus, mas poucos de vocês se têm submetido em obediência a essa luz. Não se trata de escavar verdades adicionais; mas pelos Testemunhos Deus tem facilitado a compreensão de importantes verdades já reveladas, e posto estas diante de Seu povo pelo meio que Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas a sua mente, para que todos fiquem sem desculpa. [...] Os Testemunhos não têm por fim diminuir o valor da Palavra de Deus, e sim exaltá-la e atrair para ela as mentes, para que a bela singeleza da verdade possa impressionar a todos. -- Testimonies for the Church 5:657, 660, 662, 665. CI 93 3 O Espírito não foi dado -- nem nunca o poderia ser -- a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos. [...] Isaías declara: "À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva". Isaías 8:20. -- Mensagens Escolhidas 3:30. CI 93 4 O irmão J confundiria a mente buscando fazer parecer que a luz que Deus tem dado mediante os Testemunhos é um acréscimo à Palavra de Deus; mas nisso apresenta a questão sob uma falsa luz. Deus tem julgado adequado trazer desse modo à mente de Seu povo a Sua Palavra para lhe dar mais clara compreensão dela. A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida por todo aquele que sinceramente deseja entendê-la. Mas não obstante isso, alguns, que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Então, para que tanto homens como mulheres ficassem sem desculpa, Deus deu testemunhos claros e decisivos a fim de reconduzi-los à Sua Palavra que eles negligenciaram seguir. A Palavra de Deus tem abundância de princípios gerais para a formação de corretos hábitos de vida, e os testemunhos, gerais e pessoais, têm sido planejados para chamar a sua atenção de modo mais especial para esses princípios. [...] CI 93 5 Tomei a preciosa Bíblia, e agrupei em torno dela os diferentes Testemunhos Para a Igreja, dados ao povo de Deus. Aqui, disse eu, se encontram os casos de quase todos. Os pecados que devem evitar estão neles apontados. Os conselhos que eles buscam podem ser encontrados aqui, apresentados para outros casos que definem situações semelhantes às suas. Deus Se tem agradado de dar-lhes preceito sobre preceito e regra sobre regra. Isaías 28:10. CI 94 1 Mas não há muitos entre vocês que sabem realmente o que está contido nos Testemunhos. Vocês não estão familiarizados com as Escrituras. Se tivessem feito da Bíblia o objeto de seus estudos, com o propósito de atingir o padrão bíblico e a perfeição cristã, não necessitariam dos Testemunhos. E porque negligenciaram se familiarizar com o Livro inspirado de Deus, Ele procurou alcançar vocês por meio de testemunhos simples e diretos, chamando a sua atenção para as palavras da inspiração que negligenciaram obedecer, e insistindo com vocês para modelarem a vida de acordo com os seus ensinamentos puros e elevados. [...] CI 94 2 Julgar os Testemunhos pelos seus frutos -- Que os Testemunhos sejam julgados pelos seus frutos. Que espírito revelam seus ensinos? Qual tem sido o resultado de sua influência? Todos os que desejam podem familiarizar-se com os frutos dessas visões. Por dezessete anos o Senhor permitiu que sobrevivessem e se fortalecessem contra a oposição das forças satânicas, e a influência de agentes humanos que auxiliam Satanás em sua obra. CI 94 3 Ou Deus está ensinando Sua igreja, reprovando seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Esta obra é de Deus ou não é. Deus nada faz em parceria com Satanás. Meu trabalho [...] traz o selo de Deus ou o do inimigo. Não há meio-termo nesta questão. Os Testemunhos são do Espírito de Deus ou do diabo. Desde que o Senhor Se tem manifestado pelo Espírito de Profecia, passado, presente e futuro têm passado perante mim. Tenho antevisto rostos em visão, os quais nunca havia contemplado antes, para depois de muitos anos reconhecê-los prontamente quando em sua presença. Tenho sido despertada de meu sono com um vívido senso de assuntos previamente apresentados, e à meia-noite escrevo cartas que vão cruzar o continente e, nos momentos de crise, salvar de grandes desastres a causa de Deus. Essa tem sido minha obra por muitos anos. Um poder tem me impelido a reprovar e censurar erros dos quais não tinha o menor conhecimento. Esse trabalho dos últimos trinta e seis anos seria de cima ou de baixo? [...] CI 94 4 O propósito de Satanás é causar dúvida -- Em muitos casos, os Testemunhos são plenamente recebidos, o pecado e a condescendência eliminados, e a reforma imediatamente começa em harmonia com a luz que Deus concedeu. Noutros casos, condescendências pecaminosas são mantidas, os Testemunhos rejeitados, apresentando-se aos outros muitas falsas desculpas para justificar a recusa. O verdadeiro motivo não é revelado. É uma falta de coragem moral, de uma vontade fortalecida e dirigida pelo Espírito de Deus para renunciar a hábitos prejudiciais. CI 95 1 Satanás tem a habilidade de sugerir dúvidas e inventar objeções ao testemunho que Deus envia, e muitos consideram uma virtude e indício de inteligência o mostrar-se incrédulo, questionar e contrafazer. Os que querem duvidar têm suficiente oportunidade para isso. Deus não Se propõe fazer desaparecer toda ocasião para a incredulidade. Apresenta evidências que precisam ser cuidadosamente verificadas com espírito humilde e suscetível ao ensino; e todos devem julgar pela força dessas mesmas evidências. Deus oferece suficiente evidência para a mente sincera crer; mas aquele que se desvia do peso da evidência porque há umas poucas coisas que não podem tornar claras à sua compreensão finita será deixado na atmosfera fria e insensível da descrença e das dúvidas questionadoras e naufragará na fé. -- Testimonies for the Church 5:663-665, 671, 675, 676. CI 95 2 É plano de Satanás enfraquecer a fé do povo de Deus nos Testemunhos. Satanás sabe fazer seus ataques. Ele trabalha na mente das pessoas para despertar ciúmes e descontentamento com relação aos dirigentes da obra. Os dons são logo questionados, atribui-se-lhes pequeno valor e a instrução dada mediante a visão é desconsiderada. Em seguida vem o ceticismo no tocante aos pontos vitais de nossa fé, as colunas de nossa posição, depois as dúvidas acerca das Escrituras Sagradas, e então a caminhada descendente para a perdição. Quando os Testemunhos, nos quais se acreditava anteriormente, são postos em dúvida e rejeitados, Satanás sabe que as pessoas enganadas não pararão aí; e ele redobra seus esforços até lançá-las em rebelião aberta, a qual se torna irremediável e termina em destruição. Dando lugar a dúvidas e descrença com relação à obra de Deus, e acariciando sentimentos de desconfiança e cruel inveja, estão se preparando para uma decepção total. Levantam-se com sentimentos amargos contra aqueles que ousam falar de seus erros e reprovar seus pecados. [...] CI 95 3 Não é só os que abertamente rejeitam os Testemunhos ou os que alimentam dúvidas em relação a eles que estão pisando em terreno perigoso. Desprezar a luz é rejeitá-la. -- Testimonies for the Church 5:672, 680. CI 95 4 Se você perder a confiança nos Testemunhos, cairá das verdades da Bíblia. Tenho temido que muitos assumiriam uma atitude questionadora, duvidosa, e em minha aflição por sua salvação, quero adverti-lo. Quantos atenderão à advertência? [...] CI 95 5 Deixar de conhecer os Testemunhos não serve como desculpa -- Muitos estão indo diretamente contra a luz que Deus tem dado ao Seu povo, porque não lêem os livros que contêm a luz e o conhecimento em advertências, reprovações e admoestações. Os cuidados do mundo, o amor da moda e a falta de religião têm desviado a atenção da luz que Deus tão graciosamente deu, enquanto livros e periódicos contendo erros estão percorrendo todo o país. O ceticismo e a infidelidade estão aumentando por toda a parte. Luz tão preciosa, procedente do trono de Deus, é escondida sob o alqueire. Deus fará o Seu povo responsável por essa negligência. Um relatório deve ser prestado a Ele por todo raio de luz que tem feito brilhar sobre o nosso caminho, quer seja utilizado para o nosso progresso nas coisas divinas, ou rejeitado porque é mais agradável seguir a inclinação. CI 96 1 Os Testemunhos deviam ser introduzidos em cada lar de observadores do sábado, e os irmãos devem saber o seu valor e serem estimulados a lê-los. Não foi o plano mais sábio colocar esses livros a preço baixo e ter somente uma coleção numa igreja. Eles devem estar na biblioteca de cada família, e serem lidos vez após vez. Que sejam mantidos onde possam ser lidos por muitos. -- Testimonies for the Church 5:674, 681. CI 96 2 Foi-me mostrado que a incredulidade nos testemunhos de advertência, animação e reprovação está afugentando a luz do povo de Deus. A incredulidade fecha-lhes os olhos, de modo que se acham ignorantes de sua verdadeira condição. Pensam que não é necessário o testemunho do Espírito de Deus em reprovação, ou que não se refere a eles. Esses estão na maior necessidade da graça de Deus e de discernimento espiritual, para que descubram sua deficiência no conhecimento das coisas do espírito. CI 96 3 Muitos que apostataram da verdade atribuem como razão para o seu modo de agir o não terem fé nos Testemunhos. A questão agora é: Renunciarão eles a seu ídolo que Deus condena, ou continuarão em seu errôneo caminho de indulgência, e rejeitarão a luz que Deus lhes tem dado, reprovando as próprias coisas em que se deleitam? A questão a ser estabelecida com eles é: Negarei a mim mesmo e receberei como de Deus os Testemunhos porque eles reprovam os meus pecados? -- Testimonies for the Church 5:674, 675. CI 96 4 Mau uso dos Testemunhos -- Já o primeiro número dos Testemunhos publicados encerra uma advertência contra a maneira desavisada de usar a luz que Deus desse modo comunicou ao Seu povo. Afirmei que alguns não haviam procedido sabiamente. Quando falavam de sua fé aos descrentes e esses lhes exigiam a prova, citavam os meus escritos em vez de fornecer-lhes a prova da Bíblia. Foi-me mostrado que tal procedimento é incoerente, tornando os incrédulos prevenidos contra a verdade. Os Testemunhos não têm qualquer força de prova com os que lhes desconhecem o espírito. Não deveriam ser citados em tais casos. CI 96 5 Outras advertências relativas ao uso dos Testemunhos têm sido dadas de tempos em tempos, como segue: CI 96 6 "Alguns pregadores ficaram bem para trás. Esses professam crer nos testemunhos dados, e alguns agem muito mal fazendo deles uma regra férrea para os que não tiveram qualquer experiência anterior com relação às mensagens, mas fracassam em praticá-los eles mesmos. Repetem testemunhos que são completamente desconsiderados por eles. Sua conduta não é coerente. CI 97 1 "Vi que muitos tiram vantagem do que Deus mostrou com respeito aos pecados e erros dos outros. Tiram conclusões extremadas do que me foi mostrado em visão, e usam-nas de tal maneira a enfraquecer a fé de muitos naquilo que Deus tem mostrado, e também desanimam a igreja" [...] CI 97 2 É perigoso criticar os Testemunhos -- Num sonho recente fui levada a uma reunião de pessoas, algumas das quais se esforçavam por abafar a impressão de um solene testemunho de advertência que eu lhes transmitira. Diziam: "Acreditamos nos testemunhos da irmã White; quando, porém, nos diz coisas que não lhe foram diretamente reveladas em visão sobre o caso em apreço, suas palavras não têm para nós maior importância do que as de qualquer outra pessoa." Então veio sobre mim o Espírito do Senhor e eu, erguendo-me, repreendi-os em Seu nome. [...] CI 97 3 Se, pois, aqueles a quem estas solenes advertências dizem respeito objetarem: "Isto não é senão a opinião individual da irmã White, prefiro seguir o meu próprio juízo", e continuarem a fazer as mesmas coisas contra as quais foram advertidos, revelarão com isso que desprezam os conselhos divinos, e o resultado será justamente o que o Espírito de Deus me revelou que haveria de ser: agravo à causa de Deus e perdição própria. Alguns, no intuito de garantir melhor a sua própria atitude, apresentarão declarações dos Testemunhos que pensam favorecer a sua opinião, dando-lhes a mais vigorosa interpretação possível: aquilo, porém, que torna suspeita a sua conduta, ou que não se coaduna com o seu modo de ver, denunciam como opinião individual da irmã White, negando-lhe a origem divina e nivelando-o aos seus próprios conceitos. [...] CI 97 4 E agora, irmãos, eu os conjuro a que não se interponham entre mim e o povo, desviando dele a luz que Deus lhe deseja dar. Não comprometam, pela crítica, a força, a virtude e a importância dos Testemunhos. Nem imaginem que são capazes de analisá-los de modo a acomodá-los às suas idéias, pretendendo que Deus lhes tenha dado habilidade para discernir o que é luz do Céu e o que é mera sabedoria humana. Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus. podem rejeitá-los. Cristo e Belial não se unem. Por amor de Cristo, parem de confundir o espírito do povo com sofismas e ceticismo, tornando de nenhum efeito a obra que Deus deseja fazer. Não procurem, pela falta de discernimento espiritual, fazer desse método de operação de Deus uma pedra de escândalo pela qual muitos venham a tropeçar e cair, ser enlaçados e presos. -- Testimonies for the Church 5:669, 670, 687, 688, 691. CI 97 5 Como receber uma reprovação -- Os que são repreendidos pelo Espírito de Deus não devem insurgir-se contra o humilde instrumento. É Deus, e não um falível mortal, que falou para salvá-los da ruína. Não é agradável para a natureza humana receber reprovação, nem é possível para o coração humano, sem ser iluminado pelo Espírito de Deus, perceber a necessidade da reprovação ou a bênção que vem junto com a correção. Na medida em que o ser humano se rende à tentação e aceita o pecado, sua mente se torna obscurecida. O senso moral fica pervertido. Os avisos da consciência passam a ser desrespeitados e sua voz se torna cada vez menos clara. Ele perde gradualmente a capacidade de distinguir entre o certo e o errado, até o ponto de ficar sem a menor referência de sua situação perante Deus. Pode manter os aspectos formais da religião, conservar zelosamente suas doutrinas, sem o espírito que os caracteriza. Sua condição fica sendo aquela descrita pela Fiel Testemunha: "Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu". Apocalipse 3:17. Quando o Espírito de Deus declara ser essa a sua condição, ele não consegue ver que essa é uma mensagem verdadeira. Tem ele que automaticamente rejeitar a advertência? Não. CI 98 1 Deus fornece suficiente evidência para que todos os que desejam possam se satisfazer quanto à natureza dos Testemunhos, e aceitando-os como vindos de Deus, devem naturalmente aceitar a reprovação, ainda que não consigam ver o caráter pecaminoso da vida que levam. Se eles tivessem uma clara noção de sua condição, iriam precisar de reprovação? Pelo fato de não perceberem é que Deus misericordiosamente lhes envia o testemunho, a fim de que tenham chance se arrepender e empreender uma reforma antes que seja tarde demais. Os que desprezam a advertência serão deixados na cegueira, para iludirem a si mesmos. Mas os que lhe dão ouvidos, empenhando-se zelosamente na obra de afastar de si os seus pecados, a fim de terem as graças necessárias, abrirão a porta do coração para que o querido Salvador entre e com eles habite. Os que se acham mais intimamente ligados a Deus são os que conhecem Sua voz quando Ele lhes fala. Os que são espirituais discernem as coisas espirituais. Esses se sentirão gratos porque o Senhor lhes apontou os erros. CI 98 2 Davi aprendeu sabedoria do trato de Deus para com ele, e curvou-se humildemente sob o castigo do Altíssimo. O quadro fiel de sua verdadeira condição, feito pelo profeta Natã, deu a Davi o conhecimento dos próprios pecados, e ajudou-o a afastá-los de si. Aceitou humildemente o conselho, e humilhou-se diante de Deus. "A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma", exclama ele. Salmos 19:7. CI 98 3 "Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois [...] não filhos". Hebreus 12:8. Nosso Senhor disse: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo". Apocalipse 3:19. "Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça". Hebreus 12:11. Por mais amarga que seja a disciplina, ela é escolhida por um Pai amoroso "a fim de sermos participantes da sua santidade". Hebreus 12:10. -- Testimonies for the Church 5:682, 683. ------------------------Capítulo 15 -- O Espírito Santo CI 99 1 É privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Se todos os que professam o Seu nome estivessem produzindo frutos para Sua glória, quão rapidamente não seria lançada em todo o mundo a semente do evangelho! Depressa amadureceria a última seara, e Cristo viria para juntar o precioso grão. CI 99 2 Irmãos e irmãs, temos de buscar o Espírito Santo. Deus vai cumprir todas as promessas que fez. Com a Bíblia na mão, digamos: "Fiz como disseste. Apresento a Tua promessa: Pedi, 'e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á'". Mateus 7:7. Cristo declara: "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis". Marcos 11:24. "Tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho". João 4:13. [...] CI 99 3 Cristo envia Seus mensageiros a toda parte do Seu domínio para comunicar aos Seus servos a Sua vontade. Anda Ele no meio de Suas igrejas. Deseja santificar, elevar e enobrecer os Seus seguidores. A influência dos que crêem nEle será no mundo um cheiro de vida para vida. Cristo tem em Sua mão direita as estrelas, e tem o propósito de fazer com que, por meio delas, a Sua luz brilhe, resplandeça para o mundo. Assim quer Ele preparar Seu povo para serviço mais elevado na igreja celestial. Conferiu-nos Ele um grande trabalho para fazer. Façamo-lo com fidelidade. Mostremos em nossa vida o que a graça divina pode fazer em prol da humanidade. -- Testimonies for the Church 8:22, 23. CI 99 4 A unidade tem de ser alcançada antes do derramamento do Espírito Santo -- É importante notar que só depois de haverem os discípulos entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado. Estavam unânimes. Todas as divergências haviam sido postas de lado. E o testemunho dado a seu respeito depois de derramado o Espírito, é o mesmo. Note a expressão: "Era um o coração e a alma da multidão dos que criam". Atos dos Apóstolos 4:32. O Espírito dAquele que morreu para que os pecadores vivessem, dirigia a inteira congregação de crentes. CI 99 5 Os discípulos não pediram uma bênção para si. Arcavam sob o peso da preocupação pelos perdidos. O evangelho devia ser levado aos confins da Terra, e reclamaram a dotação de poder que Cristo prometera. Foi então derramado o Espírito Santo e milhares se converteram num dia. CI 100 1 O mesmo pode acontecer agora. Ponham de parte os cristãos toda dissensão, e entreguem-se a Deus para a salvação dos perdidos. Com fé peçam a bênção prometida, e virá. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a "chuva temporã", e glorioso foi o resultado. A chuva serôdia será mais abundante, porém. Qual é a promessa para os que vivem nos últimos dias? -- "Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro". Zacarias 9:12. "Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia; o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água, e erva no campo a cada um". Zacarias 10:1. -- Testimonies for the Church 8:20, 21. CI 100 2 A utilidade de cada pessoa depende de sua rendição ao Espírito Santo -- Deus não requer de nós que façamos em nossa própria força a obra que temos para realizar. Proveu Ele assistência divina para todas as emergências, para as quais nossos recursos humanos são insuficientes. Dá o Espírito Santo para auxiliar em qualquer situação difícil, para fortalecer-nos a esperança e certeza, para nos iluminar a mente e purificar o coração. [...] CI 100 3 Cristo tomou providência para que Sua igreja seja um corpo transformado, iluminado com a luz do Céu, possuindo a glória de Emanuel. É Seu desígnio que todo cristão esteja circundado de uma atmosfera espiritual de luz e paz. Não há limite para a utilidade de quem, pondo de parte o próprio eu, dá lugar à operação do Espírito Santo no coração, e vive vida inteiramente consagrada a Deus. CI 100 4 Qual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia de Pentecoste? -- As alegres novas de um Salvador ressurreto foram levadas aos mais longínquos recessos do mundo habitado. O coração dos discípulos estava sobrecarregado de benevolência tão abundante, tão profunda, de alcance tão vasto, que os impelia a ir aos confins da Terra, testificando: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo". Gálatas 6:14. Ao proclamarem a verdade tal como é em Jesus, corações se rendiam ao poder da mensagem. A igreja viu conversos a ela afluírem de todas as direções. Pessoas apostatadas, de novo se converteram. Pecadores uniam-se aos cristãos em busca da pérola de grande preço. Os que haviam sido os mais fortes oponentes do evangelho tornaram-se os seus campeões. Cumpriu-se a profecia de que o fraco seria "como Davi", e a casa de Davi "como o anjo do Senhor". Zacarias 12:8. Cada cristão via em seu irmão a divina semelhança de amor e benevolência. Um só interesse prevalecia. Um só objeto de emulação absorvia todos os demais. A única ambição dos crentes era revelar a semelhança do caráter de Cristo e trabalhar pelo engrandecimento de Seu reino. [...] CI 100 5 A nós hoje, tão certamente como aos primeiros discípulos, pertence a promessa do Espírito. Deus dotará hoje homens e mulheres com poder do alto, da mesma maneira que dotou aqueles que, no dia de Pentecoste, ouviram a palavra de salvação. Nesta mesma hora Seu Espírito e Sua graça se acham à disposição de todos quantos deles necessitam e crêem em Sua Palavra. [...] CI 101 1 A influência do Espírito Santo até o fim da graça -- Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até o fim. Mas essa promessa não é devidamente apreciada; e portanto também não a vemos cumprir-se na medida em que a poderíamos ver. A promessa do Espírito é assunto em que pouco se pensa; e o resultado é o que é de esperar -- aridez, trevas, decadência e morte espirituais. Assuntos de menor importância ocupam a atenção, e o poder divino que é necessário ao desenvolvimento e prosperidade da igreja e que traria após si todas as outras bênçãos, esse falta, conquanto oferecido em sua infinita plenitude. CI 101 2 A ausência do Espírito é que torna tão destituído de poder o ministério da pregação. Pode haver erudição, talento, eloqüência, ou qualquer dom natural ou adquirido; mas, sem a presença do Espírito de Deus. nenhum coração será tocado, pecador algum ganho para Cristo. Por outro lado, se estiverem ligados a Cristo, se os dons do Espírito lhes pertencerem, o mais pobre e ignorante de Seus discípulos terá um poder que influenciará corações. Deus os faz condutos para espalhar a mais elevada influência no Universo. [...] CI 101 3 O zelo por Deus levou os discípulos a darem testemunho da verdade com grande poder. Não deveria esse mesmo zelo fazer nosso coração ficar possuído da ardente resolução de contar a história do amor redentor, de Cristo o crucificado? Não há de vir o Espírito de Deus hoje, em resposta à oração fervorosa, perseverante, e encher-nos de poder para o serviço? Por que, então, se acha a igreja tão fraca e abatida? -- Testimonies for the Church 8:19-22. CI 101 4 Quando o Espírito Santo controlar a mente de nossos membros da igreja, o resultado será, na igreja, na linguagem, no ministério, na espiritualidade, mais alta norma do que agora existe. Os membros da igreja serão refrigerados pela água da vida, e os obreiros, trabalhando sob as ordens de um único Líder, o próprio Cristo, revelarão o Seu Mestre no espírito, nas palavras, nos atos, e animar-se-ão mutuamente para avançar no glorioso trabalho de finalização em que nos empenhamos. Haverá substancial aumento de unidade e amor, que testificarão para o mundo que Deus enviou Seu Filho para morrer pela redenção dos pecadores. A verdade divina será exaltada; e ao brilhar como uma lâmpada acesa, compreendê-la-emos com maior, muito maior clareza. -- Testimonies for the Church 8:211. CI 101 5 Foi-me mostrado que, se o povo de Deus não fizer esforços, de sua parte, mas esperar apenas que sobre eles venha o refrigério, para deles remover os defeitos e corrigir os erros; se nisso confiarem para serem purificados da imundícia da carne e do espírito, e preparados para tomar parte no alto clamor do terceiro anjo, serão achados em falta. O refrigério ou poder de Deus só atingirá os que se houverem para ele preparado, fazendo o trabalho que Deus ordena, isto é, purificando-se "de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus". 2 Coríntios 7:1. -- Testimonies for the Church 1:619. ------------------------Capítulo 16 -- Manter desobstruída a conexão com Deus CI 103 1 Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo são os únicos meios pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem, e influenciar sua vida mais íntima. Seja o que for que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades da mente. -- Testimonies for the Church 2:347. CI 103 2 A intemperança de qualquer espécie insensibiliza os órgãos da percepção e enfraquece de tal maneira o poder dos nervos cerebrais que as coisas eternas não mais são apreciadas, mas são colocadas no mesmo nível das comuns. As mais elevadas faculdades da mente, que visavam os mais elevados propósitos, são levadas em servidão às paixões mais baixas. Se os nossos hábitos físicos não forem corretos, nossas faculdades mentais e morais não podem ser fortes; pois existe grande afinidade entre o físico e o moral. -- Testimonies for the Church 3:50, 51. CI 103 3 Satanás exulta ao ver a família humana mergulhando mais e mais profundamente no sofrimento e na miséria. Ele sabe que as pessoas que têm hábitos errôneos e corpo doente, não podem servir a Deus tão resoluta, perseverante e puramente como se fossem sãos. Um corpo doente afeta o cérebro. Com a mente servimos ao Senhor. A cabeça é a capital do corpo. Satanás triunfa na obra danosa que faz mediante o levar a família humana a condescender com hábitos que os destroem, e uns aos outros; pois por esse meio está ele roubando a Deus o serviço que Lhe é devido. -- Temperança, 14. CI 103 4 Satanás está constantemente alerta, para submeter a raça humana inteiramente ao seu controle. Seu mais forte poder sobre o homem exerce-se através do apetite, e este procura ele estimular de todos os modos possíveis. -- Temperança, 13. CI 103 5 A mais perigosa proposta de Satanás -- Satanás reuniu os anjos caídos a fim de inventar algum meio de fazer o máximo de mal possível à família humana. Foi apresentada proposta sobre proposta, até que finalmente Satanás mesmo imaginou um plano. Ele tomaria o fruto da vide, também o trigo e outras coisas dadas por Deus como alimento, e convertê-los-ia em venenos que arruinariam as faculdades físicas, mentais e morais do homem, dominariam de tal maneira os sentidos, que Satanás teria sobre eles inteiro controle. Sob a influência da bebida alcoólica, os homens seriam levados a praticar todas as espécies de crimes. Mediante o apetite pervertido, o mundo seria corrompido. Levando os homens a tomarem álcool, Satanás os faria descer cada vez mais baixo. -- Temperança, 12. CI 104 1 Satanás está levando o mundo em cativeiro mediante o uso das bebidas alcoólicas e do fumo, café e chá preto. A mente dada por Deus, que deve ser conservada clara, é pervertida pelo uso de narcóticos. O cérebro não mais é capaz de discernir corretamente. O inimigo tem o controle. O homem vendeu sua razão por aquilo que o enlouquece. Não tem senso algum do que é direito. -- Evangelismo, 529. CI 104 2 Nosso Criador tem outorgado liberalmente ao homem Suas bênçãos. Fossem todos esses dons da Providência empregados sábia e moderadamente, e a pobreza, a enfermidade e a aflição seriam quase banidas da Terra. Mas ai! vemos por toda parte as bênçãos de Deus transformadas em maldição pela impiedade dos homens. CI 104 3 Não há classe culpada de maior perversão e abuso de Seus preciosos dons, do que os que empregam os produtos do solo na fabricação de bebidas intoxicantes. Os nutritivos cereais, os frutos saudáveis e deliciosos, são convertidos em bebidas que pervertem os sentidos e enlouquecem o cérebro. Em resultado do uso desses venenos, milhares de famílias se acham destituídas dos confortos, e mesmo das necessidades da vida, multiplicam-se os atos de violência e de crime, e a doença e a morte levam apressadamente milhares e milhares de vítimas para a sepultura, em conseqüência da bebida. -- Obreiros Evangélicos, 385, 386. CI 104 4 Vinho intoxicante -- O vinho feito por Cristo da água, nas bodas de Caná, foi o puro suco da uva. Esse é o vinho novo que se "acha mosto em um cacho de uvas", de que a Escritura diz: "Não o desperdices, pois há bênção nele". Isaías 65:8. -- A Ciência do Bom Viver, 333. CI 104 5 "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio". Provérbios 20:1. CI 104 6 "Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as pelejas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. No seu fim, morderá como a cobra e, como o basilisco, picará". Provérbios 23:29-32. CI 104 7 Nunca foi traçado pela pena humana mais vivo quadro do aviltamento e escravidão da vítima da bebida intoxicante. Escravizado, degradado, mesmo quando desperto para o sentimento de sua miséria, falta-lhe poder para romper as malhas; ainda a tornará "a buscá-la outra vez". Provérbios 23:35. [...] CI 105 1 A intoxicação é produzida tão positivamente pelo vinho, cerveja e sidra, como pelas bebidas mais fortes. O uso delas suscita o gosto pelas outras, estabelecendo-se assim o hábito da bebida. O beber moderado é a escola em que os homens se educam para a carreira da embriaguez. Todavia, tão perigosa é a obra desses estimulantes mais brandos que a vítima entra no caminho da embriaguez antes de suspeitar o perigo em que se encontra. -- A Ciência do Bom Viver, 330, 332. CI 105 2 Não são necessários argumentos para mostrar os maus efeitos dos intoxicantes no bêbado. As embrutecidas ruínas da humanidade -- almas por quem Cristo morreu, e sobre as quais choram os anjos -- encontram-se por toda parte. São uma nódoa em nossa alardeada civilização. São a vergonha e a ruína e o perigo de toda Terra. -- A Ciência do Bom Viver, 331. CI 105 3 O alcoolismo escraviza a pessoa -- Satisfazendo a sede de bebida alcoólica, o homem leva voluntariamente aos lábios aquela bebida que vai colocar abaixo do nível dos animais aquele que foi feito à imagem de Deus. A razão fica paralisada, o intelecto é obscurecido, despertadas as paixões sensuais, e então se seguem crimes do caráter mais degradante. -- Testimonies for the Church 3:561. CI 105 4 Sob a influência da bebida que tomam, são levados a fazer coisas das quais, não houvessem provado a enlouquecedora droga, haver-se-iam afastado com horror. Quando se encontram sob a influência do veneno líquido, estão sob o controle de Satanás. Ele os governa, e eles cooperam. -- Temperança, 24. CI 105 5 Assim opera ele [Satanás] quando instiga os homens a venderem a alma por bebida. Toma posse do corpo, da mente e do espírito, e não mais é o homem, mas Satanás que opera. E a crueldade de Satanás exprime-se quando o homem ergue a mão para bater na esposa que ele prometeu amar, proteger enquanto vivesse. As ações do bêbado são uma expressão da violência de Satanás. -- Medicina e Salvação, 114. CI 105 6 Os homens que usam bebidas alcoólicas tornam-se escravos de Satanás. Este tenta os que ocupam posições de confiança nas estradas de ferro, nos navios, os que têm a responsabilidade de embarcações ou de carros cheios de pessoas aglomeradas para divertimentos idólatras, sim ele os tenta a condescender com o apetite pervertido, e assim esquecem a Deus e a Suas leis. [...] CI 105 7 Não podem ver seu propósito. Sinais são feitos incorretamente, e há colisões de carros. Então vêm horror, mutilação e morte. Esse estado de coisas se tornará mais e mais assinalado. [...] CI 105 8 As tendências corruptas dele são transmitidas a sua posteridade, e por meio desta às gerações vindouras. -- Temperança, 34, 38. CI 105 9 Fumo, um veneno lento -- O fumo é um veneno lento, perigoso, por demais maligno. Seja qual for a forma de utilização, atua na constituição; é o mais perigoso, porque seu efeito é lento, e a princípio por assim dizer imperceptível. Excita e depois paralisa os nervos. Debilita e obscurece o cérebro. Muitas vezes, ele afeta os nervos de maneira mais forte que a bebida intoxicante. É mais sutil, e seus efeitos são difíceis de desarraigar do organismo. Seu uso estimula a sede de bebidas fortes, lançando em muitos casos a base para o hábito das bebidas alcoólicas. CI 106 1 O uso do fumo é inconveniente, caro, sujo, contaminador para o que o tem e incômodo para os outros. [...] CI 106 2 Entre as crianças e os jovens, o uso do fumo está operando indizível dano. [...] Os meninos começam a fumar em bem tenra idade. O hábito assim formado, quando o corpo e a mente se acham especialmente susceptíveis aos seus efeitos, diminui a resistência física, impede o desenvolvimento do corpo, entorpece a mente e corrompe a moral. -- A Ciência do Bom Viver, 327-329. CI 106 3 Não há nenhuma solicitação natural para com o fumo por parte da natureza, a não ser herdada. CI 106 4 Mediante o uso de chá e café, é formada a solicitação do fumo. CI 106 5 A carne muito condimentada e o chá e o café, que certas mães estimulam os filhos a usar, preparam o caminho para eles experimentarem grande desejo de mais fortes estimulantes, como o fumo. -- Temperança, 56, 57. CI 106 6 Os alimentos cárneos muito condimentados e o chá e o café que algumas mães animam os filhos a ingerirem preparam o caminho para eles ansiarem por estimulantes mais fortes como o fumo. O uso do fumo incita o desejo das bebidas alcoólicas. -- Testimonies for the Church 3:488, 489. CI 106 7 Fumantes involuntários -- Mulheres e crianças sofrem por serem obrigados a aspirar uma atmosfera poluída pelo cachimbo, o charuto ou a imunda respiração do consumidor de fumo. Aqueles que vivem em tal ambiente sempre serão afetados. -- Testimonies for the Church 5:440. CI 106 8 Inalando as venenosas exalações do fumo, expelidas pelos pulmões e poros da pele, o organismo da criança enche-se de veneno. Se bem que ele atue em algumas criancinhas como veneno lento, e afete o cérebro, o coração, o fígado e os pulmões, e elas se consomem e definhem gradualmente, em outras exerce uma influência mais direta, ocasionando espasmos, ataques, paralisia e morte súbita. [...] Cada exalação dos pulmões do escravo do fumo, envenena o ar que o circunda. -- Temperança, 58, 59. CI 106 9 As práticas contrárias à saúde, das gerações passadas, afetam as crianças e a juventude de hoje. A incapacidade mental, a fraqueza física, os descontrolados nervos e os apetites contrários à natureza são transmitidos como legado de pais aos filhos. E as mesmas práticas, continuadas pelos filhos, vão crescendo e perpetuando os maus resultados. -- A Ciência do Bom Viver, 328. CI 106 10 Chá e café não são alimentos -- O chá atua como estimulante, e, até certo grau, produz intoxicação. A ação do café, e de muitas outras bebidas populares, é idêntica. O primeiro efeito é estimulante. São agitados os nervos do estômago, que comunicam irritação ao cérebro, o qual, por sua vez, desperta para transmitir aumento de atividade ao coração, e uma fugaz energia a todo o organismo. Esquece-se a fadiga; parece aumentar a força. Estimula o intelecto, torna-se mais viva a imaginação. CI 107 1 Em virtude desses resultados, muitos julgam que seu chá ou café lhes faz grande benefício. Mas é um engano. Chá e café não nutrem o organismo. Seu efeito produz-se antes de haver tempo para ser digerido ou assimilado, e o que parece força não passa de excitação nervosa. Uma vez dissipada a influência do estimulante, abate-se a força não natural, sendo o resultado um grau correspondente de abatimento e fraqueza. CI 107 2 O uso continuado desses irritantes nervosos é seguido de dores de cabeça, insônia, palpitação, indigestão, tremores e muitos outros males, pois eles gastam a força vital. Os nervos fatigados necessitam repouso e sossego em lugar de estimulantes e hiperatividade. -- A Ciência do Bom Viver, 326, 327. Alguns têm voltado atrás e condescendido com chá e café. Os que violam as leis da saúde ficarão mentalmente cegos e transgredirão a lei de Deus. -- Temperança, 80. CI 107 3 As drogas -- Um costume que está abrindo caminho para grande quantidade de doenças e males mais sérios ainda é o livre uso de drogas venenosas. Quando atacados pela enfermidade, muitos não se darão ao trabalho de descobrir a causa do mal. Sua principal ansiedade é verem-se livres da dor e dos desconfortos. [...] CI 107 4 Com o uso de drogas venenosas, muitos trazem sobre si doença para toda a vida, e perdem-se muitos que poderiam ser salvos com o emprego de métodos naturais. Os venenos contidos em muitos dos chamados remédios formam hábitos e apetites que importam em ruína tanto para o corpo como para a alma. Muitos dos populares remédios patenteados, e mesmo algumas drogas receitadas por médicos, desempenham seu papel em deitar bases para o hábito da bebida, do ópio, da morfina, os quais são uma tão terrível maldição para a sociedade. -- A Ciência do Bom Viver, 126, 127. CI 107 5 A medicação de drogas, tal como é geralmente praticada, é uma calamidade. Educai em direção oposta às drogas. Usai-as cada vez menos, e confiai mais em métodos saudáveis; então a natureza corresponderá aos médicos de Deus -- ar puro, água pura, exercício apropriado, uma consciência limpa. Os que persistem no uso do chá, café, e alimentos cárneos sentirão necessidade de drogas, mas muitos se poderiam recuperar sem uma gota de remédio se obedecessem às leis da saúde. As drogas raramente necessitam ser empregadas. -- Conselhos Sobre Saúde, 261. CI 107 6 Os adventistas: um exemplo para o mundo -- Como um povo, professamos ser reformadores, portadores de luz no mundo, fiéis sentinelas de Deus, guardando toda entrada pela qual Satanás pode penetrar com suas tentações para perverter o apetite. Nosso exemplo e influência podem ser uma força do lado da reforma. Cumpre abster-nos de toda prática que embote a consciência ou estimule a tentação. Não podemos jamais abrir porta alguma que dê a Satanás acesso à mente de um ser formado à imagem de Deus. -- Testimonies for the Church 5:360. CI 108 1 O único caminho seguro é não tocar, não provar e não manusear o chá, o café, vinhos, o fumo, o ópio e as bebidas alcoólicas. A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade fortalecida pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás, e vencer a mínima condescendência com o apetite pervertido, é duas vezes maior que a de algumas gerações passadas. Mas a geração atual tem menos poder de domínio próprio do que os que viviam então. Os que têm condescendido com o apetite quanto a esses estimulantes transmitiram aos filhos os depravados apetites e paixões, e maior força moral é exigida desses filhos para resistir a toda sorte de intemperança. O único procedimento perfeitamente seguro é ficar firme ao lado da temperança, e não se arriscar no caminho do perigo. [...] CI 108 2 Caso as sensibilidades morais dos cristãos se despertassem no sentido da temperança em todas as coisas, eles poderiam por seu exemplo começar à mesa a ajudar os que são fracos no domínio de si mesmos, quase impotentes para resistirem aos anseios do apetite. Se pudéssemos compreender que os hábitos que formamos nesta vida afetarão nossos interesses eternos, que nosso destino perpétuo depende de hábitos de estrita temperança, esforçar-nos-íamos no sentido de formá-los no comer e no beber. Por nosso exemplo e esforço pessoal, podemos servir de instrumentos para salvar muitas almas da degradação da intemperança, do crime e da morte. Nossas irmãs podem fazer muito na grande obra da salvação de outros com o apresentar mesas providas só de alimentos saudáveis e nutritivos. Podem empregar o precioso tempo de que dispõem em educar o gosto e o apetite de seus filhos, formando neles hábitos de temperança em todas as coisas, incentivando ao mesmo tempo a abnegação e a beneficência em favor de outros. -- Testimonies for the Church 3:488, 489. ------------------------Capítulo 17 -- Pureza no coração e nos hábitos de vida CI 109 1 Deu-lhes Deus uma habitação para que dela cuidem, e a conservem nas melhores condições para Seu serviço e Sua glória. Seu corpo não lhes pertence. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço: glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus". 1 Coríntios 6:19, 20. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo". 1 Coríntios 3:16, 17. -- Testimonies for the Church 2:352, 353. CI 109 2 Nesta época de corrupção, quando nosso adversário, o diabo, anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar, vejo a necessidade de erguer minha voz em advertência: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". Marcos 14:38. Há muitos que possuem talentos brilhantes, e que os devotam impiamente ao serviço de Satanás. Que advertência posso fazer a um povo que professa ter saído do mundo e deixado suas obras de trevas? Que posso dizer ao povo que Deus tornou o depositário de Sua lei, mas que, qual a figueira pretensiosa, espalham seus ramos aparentemente viçosos diante do Todo-poderoso, contudo não produzem fruto para a glória de Deus? Muitos deles acariciam pensamentos impuros, imaginações ímpias, desejos não santificados e vis paixões. Deus aborrece o fruto produzido em semelhante árvore. Anjos, puros e santos, olham com aversão o seu procedimento, enquanto Satanás exulta. Oh! que os homens e mulheres considerassem o que se ganha pela transgressão da lei de Deus! Sob toda e qualquer circunstância, a transgressão é desonra a Deus e maldição ao homem. Assim a devemos considerar, por lindo que seja seu disfarce e seja quem for que a pratique. -- Testimonies for the Church 5:146. CI 109 3 O puro de coração verá a Deus. Todo pensamento impuro contamina a alma, enfraquece o senso moral, e tende a apagar as impressões do Espírito Santo. Diminui a visão espiritual, de modo que os homens não podem ver a Deus. O Senhor pode perdoar o arrependido pecador, e perdoa; embora perdoada, porém, a alma fica prejudicada. Toda impureza de linguagem ou de pensamento deve ser evitada por aquele que quer possuir clara percepção da verdade espiritual. -- O Desejado de Todas as Nações, 302. CI 110 1 Alguns reconhecerão o mal das condescendências pecaminosas, todavia se desculparão dizendo que não lhes é possível vencer as paixões. Isso é coisa terrível de ser admitida por qualquer pessoa que profere o nome de Cristo. "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade". 2 Timóteo 2:19. Por que essa fraqueza? É porque as propensões sensuais têm sido fortalecidas pelo exercício, até que tomaram ascendência sobre as faculdades superiores. Homens e mulheres carecem de princípios. Estão morrendo espiritualmente, por haverem tão longamente nutrido seus apetites naturais, que sua capacidade de governar-se parece haver desaparecido. As paixões inferiores de sua natureza têm tomado as rédeas, e o que devia ser o poder dirigente se tem tornado o servo da paixão corrupta. A mente é mantida na mais baixa servidão. A sensualidade tem extinguido o desejo de santidade, e ressecado o viço espiritual. -- Testimonies for the Church 2:348. CI 110 2 Não poluir o templo de Deus -- É obra especial de Satanás nestes últimos dias, tomar posse da mente dos jovens, corromper os pensamentos e inflamar as paixões, pois sabe que assim fazendo, pode levar a ações impuras, e assim se tornarão vis todas as nobres faculdades da mente, e ele poderá dirigi-las para satisfazer aos seus próprios propósitos. -- Orientação da Criança, 440. CI 110 3 Minha alma lamenta pelos jovens que estão formando o caráter nesta época degenerada. Tremo também por seus pais; pois me foi mostrado que, em geral, eles não compreendem suas obrigações de educar os filhos no caminho que devem trilhar. Consultam-se os costumes e a moda, e os filhos em breve aprendem a ser controlados por esses, e são corrompidos; enquanto os condescendentes pais se acham por sua vez entorpecidos, e dormindo quanto ao seu perigo. Mas bem poucos dos jovens se acham livres de hábitos corruptos. Eles são em grande parte liberados do exercício físico por medo de que trabalhem em demasia. Os próprios pais assumem responsabilidades que deviam estar sobre os filhos. CI 110 4 O excesso de trabalho é mau; mas os resultados da indolência devem ser mais temidos. A ociosidade leva à condescendência com hábitos corruptos. O trabalho não consome a quinta parte do que o faz o pernicioso hábito da masturbação. Se o trabalho simples e bem regulado aborrece seus filhos, estejam certos, pais, de que há alguma coisa mais que lhes está enervando o organismo e produzindo uma sensação de constante cansaço. Dêem trabalho físico a seus filhos, que exija atividade dos nervos e dos músculos. A fadiga resultante desse trabalho lhes diminuirá a inclinação para condescenderem com os hábitos viciosos. -- Testimonies for the Church 2:348, 349. CI 110 5 Abstenham-se de ler e ver coisas que inspirem pensamentos impuros. Cultivem as faculdades morais e intelectuais. -- Testimonies for the Church 2:410. CI 111 1 Deus requer que domine não só seus pensamentos mas também as paixões e afeições. Sua salvação depende de governar-se nessas coisas. A paixão e a afeição são poderosos agentes. Se mal aplicadas, se postas em operação por motivos injustos, se mal colocadas, são poderosas para realizar sua ruína e deixá-la um deplorável destroço, sem Deus e sem esperança. CI 111 2 Se condescender com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, será, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se seus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e excessivamente perigosos. Uma vez estabelecidos, é quase impossível rompê-los e dirigir o pensamento para temas puros, santos e elevados. Você deve tornar-se fiel sentinela de seus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiser dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos lhe manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. -- Testimonies for the Church 2:561. CI 111 3 Além disso, o estudo excessivo, em virtude de aumentar a corrente do sangue para o cérebro, cria uma agitação doentia que tende a diminuir o poder do domínio próprio, e muitíssimas vezes dá lugar a impulso e capricho. Assim se abre a porta à impureza. O mau uso, ou a falta de uso da capacidade física é, em grande parte, responsável pela onda de corrupção que se está espalhando pelo mundo. "Soberba, fartura de pão e abundância de ociosidade" (Ezequiel 16:49) são os inimigos mortais do progresso humano nesta geração, bem como quando ocasionaram a destruição de Sodoma. -- Educação, 209. CI 111 4 A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. -- Testimonies for the Church 2:352. CI 111 5 Antes a morte que a desonra ou a transgressão da lei de Deus -- esse deve ser o lema de cada cristão. Como um povo que professa ser reformador, de posse das mais solenes e purificadoras verdades da Palavra de Deus, devemos elevar a norma, muito mais do que está acontecendo agora. Deve-se tratar prontamente com o pecado e os pecadores na igreja, para que outros não sejam contaminados. A verdade e a pureza exigem que façamos uma obra completa para purificar o acampamento de Acãs. Que os que ocupam posições de responsabilidade não sofram pecado num irmão. Mostrem-lhe que ele, ou tira o seu pecado, ou é separado da igreja. -- Testimonies for the Church 5:147. CI 111 6 Os jovens possuirão tão firmes princípios, que as mais fortes tentações de Satanás não os afastarão de sua fidelidade. Samuel era uma criança rodeada das influências mais corruptoras. Via e ouvia coisas que lhe entristeciam o coração. Os filhos de Eli, que ministravam nas cerimônias sagradas, eram regidos por Satanás. Esses homens contaminavam toda a atmosfera que os cercava. Dia a dia homens e mulheres eram fascinados pelo pecado e a injustiça; no entanto, Samuel vivia incontaminado. Imaculadas eram suas vestes de caráter. Não tomava parte nem sentia o menor prazer nos pecados que enchiam todo o Israel com terríveis rumores. Samuel amava a Deus; mantinha o coração em tão íntima comunhão com o Céu que um anjo foi enviado para falar com ele a respeito dos pecados dos filhos de Eli, os quais estavam corrompendo Israel. -- Testimonies for the Church 3:472, 473. CI 112 1 Conseqüências da poluição moral -- Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado do abuso próprio [masturbação] e seus resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado que lhes enerva o organismo e destrói a energia nervosa do cérebro. Os princípios morais são demasiado fracos quando em luta com um hábito arraigado. Solenes mensagens vindas do Céu não podem impressionar fortemente o coração não fortalecido contra a condescendência com esse degradante vício. Os sensitivos nervos do cérebro perderam o saudável tono devido à estimulação doentia para satisfazer um desejo antinatural de satisfação sensual. -- Testimonies for the Church 2:347. CI 112 2 A corrupção moral tem feito mais do que qualquer outro mal para causar a degeneração da humanidade. É praticada em alarmante grau e traz doenças de quase todas as espécies descritas. [...] CI 112 3 Geralmente os pais não suspeitam que os filhos compreendem algo a respeito do vício. Em muitíssimos casos são os pais os verdadeiros pecadores. Têm abusado dos privilégios matrimoniais e, pela condescendência, fortalecido suas paixões sensuais. E ao se fortalecerem estas, têm-se enfraquecido as faculdades morais e intelectuais. A espiritualidade tem sido superada pela sensualidade. Nascem crianças com tendências sensuais grandemente desenvolvidas, tendo-lhes sido transmitido o próprio retrato do caráter dos pais. [...] Os filhos nascidos desses pais, quase que invariavelmente se inclinam aos repulsivos hábitos da masturbação. [...] Os pecados dos pais serão visitados sobre seus filhos, pois os pais lhes têm dado o estigma das próprias tendências licenciosas. CI 112 4 Os que assim se têm tornado tão completamente firmados nesse vício destruidor da alma e do corpo, raramente podem descansar enquanto sua carga de mal secreto não é comunicada àqueles com quem se associam. Desperta-se a curiosidade, e o conhecimento do vício é passado de jovem para jovem, de criança para criança, até dificilmente encontrar-se um que ignore a prática desse pecado degradante. -- Testimonies for the Church 2:391, 392. CI 112 5 A prática de hábitos secretos certamente destrói as forças vitais do organismo. Toda ação vital desnecessária será seguida de correspondente depressão. Entre os jovens, o capital vital, o cérebro, é tão severamente submetido a esforço, em tenra idade, que há uma deficiência e grande exaustão, que deixam o organismo exposto a enfermidades de várias espécies. CI 113 1 Se a prática é continuada nas idades de quinze anos e daí para cima, o organismo protesta contra o prejuízo já sofrido, e continua a sofrer, e os fará pagar a pena da transgressão de suas leis, especialmente nas idades de trinta a quarenta e cinco anos, por muitas dores no organismo e várias doenças, tais como afecções do fígado e dos pulmões, neuralgia, reumatismo, afecções da espinha, enfermidades nos rins, e tumores cancerosos. Alguns dos delicados mecanismos da natureza cedem, deixando uma tarefa mais pesada para os restantes realizarem, o que lhe desorganiza o delicado organismo, havendo freqüentemente repentina decadência física, cujo resultado é a morte. CI 113 2 Tirar repentinamente a vida de alguém não é maior pecado à vista do Céu que destruí-la gradual mas seguramente. As pessoas que sobre si trazem decadência certa, por praticar o mal, sofrerão a penalidade aqui e, a menos que haja completo arrependimento, não serão mais admitidas no Céu do que aquele que destrói repentinamente a vida. A vontade de Deus estabelece a conexão entre a causa e seus efeitos. CI 113 3 Não incluímos todos os jovens fracos como culpados de maldade. Há os que têm mente pura e são conscienciosos, que sofrem por diferentes causas sobre as quais não têm domínio. [...] CI 113 4 O vício secreto [masturbação] destrói as boas resoluções, o esforço fervoroso, e a força de vontade para formar um bom caráter religioso. Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que significa ser cristão sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões não podem ser seguidores de Cristo. Estão devotados demais ao serviço de seu mestre, o originador de todo o mal, para abandonarem seus hábitos corruptos e escolherem o serviço de Cristo. -- Orientação da Criança, 444-446. CI 113 5 Quando os jovens adotam práticas vis enquanto o espírito é tenro, eles nunca obterão força para desenvolver plena e corretamente personalidade física, intelectual e moral. -- Testimonies for the Church 2:351. CI 113 6 A única esperança para os que praticam hábitos vis é abandoná-los completamente, se é que dão qualquer valor à saúde aqui e à salvação no além. Quando se transige com esses hábitos por largo espaço de tempo, resistir à tentação e abandonar a corrupta condescendência requer determinado esforço. -- Orientação da Criança, 464. CI 113 7 A única segurança absoluta para nossos filhos contra toda prática viciosa é procurar serem admitidos no redil de Cristo e ficar sob o vigilante cuidado do Pastor fiel e verdadeiro. Ele os livrará de todo o mal; protegê-los-á de todo o perigo, se atenderem à Sua voz. Diz: "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, [...] e elas Me seguem." João 10:27. Em Cristo encontrarão pastagens, obterão força e esperança e não serão perturbados por impaciente anelo de alguma coisa para lhes divertir a mente e satisfazer o coração. Acharam a pérola de grande preço e o espírito descansa pacificamente. Seus prazeres são de caráter puro, pacífico, elevado e celestial. Não deixam doloridas reflexões nem remorso. Tais prazeres não prejudicam a saúde ou debilitam a mente, mas são de natureza sadia. -- Orientação da Criança, 467. ------------------------Capítulo 18 -- A escolha de um marido ou esposa CI 115 1 O casamento é alguma coisa que influenciará e afetará vossa vida tanto neste mundo como no por vir. Um cristão sincero não levará avante seus planos sem conhecer que Deus lhe aprove as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. Não temos de nos agradar a nós mesmos, pois Cristo não Se agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deve casar-se com uma pessoa a quem não ame. Isto seria pecado. Porém a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de dirigir para a ruína. Deus requer todo coração, o supremo afeto. [...] CI 115 2 Os que pensam em casar-se devem tomar em conta qual será o caráter e a influência do lar que vão fundar. Ao tornarem-se pais, é-lhes confiado um santo legado. Deles depende em grande medida o bem-estar dos filhos neste mundo, e sua felicidade no mundo por vir. Eles determinam em grande extensão a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança. CI 115 3 Deve a juventude cristã exercer grande cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidai, para que isso que agora julgais ser ouro puro, não se vos demonstre metal vil. As companhias profanas tendem a pôr empecilhos no caminho de vosso serviço a Deus, e muitas almas são arruinadas por uniões infelizes, quer em negócios quer no casamento, com os que não podem elevar ou enobrecer. CI 115 4 Pesai cada sentimento, e observai todo desenvolvimento de caráter naquele a quem pensais ligar o destino de vossa vida. O passo que estais prestes a dar é um dos mais importantes em vossa vida, e não deve ser dado precipitadamente. Se bem que ameis, não ameis cegamente. CI 115 5 Considerais a ver se vossa vida conjugal seria feliz ou destituída de harmonia e arruinada. Formulai a pergunta: Ajudar-me-á esta união na direção do Céu? Aumentará ela meu amor para com Deus? Ampliará ela minha esfera de utilidade nesta vida? Caso estas reflexões não apresentarem motivos de recuos, então, ide avante, no temor de Deus. [...] CI 115 6 A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual de sorte que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador. CI 116 1 Qualidades a serem buscadas numa esposa -- Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor. CI 116 2 "Do Senhor vem a mulher prudente". Provérbios 19:14. "O coração do seu marido está nela confiado. [...] Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior". Provérbios 31:11, 12, 26-29. O que consegue tal esposa "acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor". Provérbios 18:22. CI 116 3 Eis algumas coisas que devem ser consideradas: Trará aquela a quem desposais, felicidade a vosso lar? É econômica, ou há de, quando casada, gastar não somente todos os seus rendimentos, mas todos os vossos, para satisfazer a vaidade, o amor da aparência? São seus princípios corretos nesse sentido? Possui ela agora alguma coisa de que possa depender? [...] Sei que no espírito de um homem absorvido pelo amor e pensamentos de casamento, estas perguntas serão varridas para longe como de nenhuma importância. Estas coisas, no entanto, devem ser devidamente consideradas, porquanto têm que ver com vossa vida futura. [...] CI 116 4 Em vossa escolha de uma esposa, estudai-lhe o caráter. Será ela paciente e laboriosa? Ou deixará ela de cuidar de vossa mãe e vosso pai justamente ao tempo em que eles necessitam de um filho forte em que se apoiarem? Ou há de ela afastar esse filho do convívio deles a fim de levar avante seus planos e servir a seu prazer, deixando o pai e a mãe que, em vez de ganharem uma filha afetuosa, perderam um filho? CI 116 5 Qualidades a serem buscadas num marido -- Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. CI 117 1 Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente mãe? Que espécie de caráter tem ela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É ele atencioso para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá. CI 117 2 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. CI 117 3 Evitai os que são irreverentes. Evitai aquele que ama a ociosidade: evitai o que for zombador das coisas sagradas. Esquivai-vos à companhia daquele que usa linguagem profana, ou é dado ao uso de um copo que seja de bebida alcoólica. Não escuteis as propostas de um homem que não tem percepção de sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a alma, dar-vos-á coragem para vos desvencilhardes da mais aprazível relação de amizade com quem sabeis que não ama nem teme a Deus. nem conhece nada acerca dos princípios da verdadeira justiça. Podemos suportar sempre as fraquezas de um amigo e sua ignorância, porém nunca seus vícios. [...] CI 117 4 O amor é um precioso dom de Jesus -- É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos. CI 117 5 Pouco é o amor real, genuíno, devotado e puro. Este precioso artigo é muito raro. A paixão recebe o nome de amor. CI 117 6 O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado. CI 117 7 O amor é uma planta de origem celestial, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência. [...] CI 117 8 Ao passo que o amor puro introduzirá a Deus em todos os seus planos e estará em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão será obstinada, precipitada, irrazoável, desafiadora de toda restrição, e tornará o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á o amor de Deus. Modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizam todo passo no sentido do casamento. Os que são assim regidos não se absorvem na companhia um do outro com detrimento do interesse nas reuniões de oração e de culto. Seu fervor na verdade não perece pela negligência das oportunidades e privilégios que Deus graciosamente lhes deu. CI 118 1 O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual, será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa insensatez fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumentos nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua conduta. CI 118 2 O amor verdadeiro não é uma paixão forte, ardente, impetuosa. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das coisas meramente exteriores, sendo atraído unicamente pelas qualidades. É sábio e apto a discriminar, e sua dedicação é real e permanente. CI 118 3 O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, espiritualiza-se, e revela-se em palavras e atos. O cristão deve ter uma ternura e um amor santificados, em que não há impaciência ou irritação; as maneiras rudes, ásperas, precisam ser abrandadas pela graça de Cristo. [...] CI 118 4 Oração e estudo da Bíblia, antes de tomar uma decisão correta -- Instituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se deve entrar nele em espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em dar esse passo, devem considerar-lhe solenemente e com oração a importância, e buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo uma direção em harmonia com a vontade de Deus. A instrução dada na Palavra de Deus a esse respeito deve ser cuidadosamente considerada. O Céu contempla com prazer o casamento formado com sincero desejo de conformar-se com as direções dadas na Escritura. Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida. Mas a idéia predominante é a de que nesta questão os sentimentos é que devem ser o guia; e, em muitíssimos casos, o apaixonado sentimentalismo toma as rédeas e leva à ruína certa. É aqui que os jovens mostram menos inteligência do que em qualquer outro assunto; é aqui que se recusam a ouvir razões. A questão do casamento parece ter sobre eles um poder enfeitiçante. Não se submetem a Deus. Seus sentidos se acham como que acorrentados, e eles seguem seu caminho com certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém. CI 118 5 Muitos estão navegando em perigoso porto. Precisam de um piloto; desdenham, no entanto, receber o tão carecido auxílio, julgando que são competentes para dirigir seu barco, e não reconhecendo que ele está prestes a dar num recife oculto, o qual lhes poderá causar o naufrágio da fé e da felicidade. [...] A menos que sejam diligentes estudantes dessa Palavra, cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a sua felicidade e a de outros, tanto para a vida presente como para a futura. CI 119 1 Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando pensam em dar esse passo. O casamento é uma coisa que influenciará e afetará vossa vida, tanto neste mundo como no futuro. [...] CI 119 2 A maioria dos casamentos do nosso tempo, e a maneira em que se realizam, tornam-nos um dos sinais dos últimos dias. Os homens e as mulheres são tão persistentes, tão obstinados, que deixam Deus fora de questão. Põem de lado a religião, como se ela não tivesse parte a desempenhar nessa solene e importante questão. [...] CI 119 3 Conselho de Deus para pais piedosos -- Uma vez que o casamento traz em resultado tanta miséria, por que não teriam os jovens prudência? Por que continuariam a julgar que não precisam de conselho dos mais idosos e mais experientes? Nos negócios, os homens e as mulheres manifestam grande cautela. Antes de se meterem em qualquer empreendimento de importância, preparam-se para essa obra. Tempo, dinheiro e muito cuidadoso estudo, são devotados ao assunto, não aconteça que venham a fracassar em seu empreendimento. CI 119 4 Quanto maior cautela deveria ser exercida ao entrar para a relação matrimonial -- relação que afeta as gerações futuras e a vida por vir? Em vez disto, é muitas vezes iniciada com gracejos e leviandade, impulso e paixão, cegueira e falta de calma consideração. A única explicação é que Satanás gosta de ver miséria e ruína no mundo, e tece esta rede para enredar as pessoas. Regozija-se por ver essas pessoas imprudentes perderem as vantagens deste mundo e seu lar no mundo vindouro. CI 119 5 Deverão os filhos consultar tão-somente seus próprios desejos e inclinações, independentemente do conselho e juízo dos pais? Alguns parecem não dispensar nunca uma reflexão aos desejos ou preferências dos pais, nem tomar em consideração seu amadurecido discernimento. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração para a afeição filial. O espírito dos jovens precisa ser despertado quanto a este assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é considerado levianamente, e mesmo positivamente desprezado pelas exigências de um namorado. A desconsideração para com o amor de uma mãe, e desonra da solicitude de um pai. são pecados que se encontram registrados contra muitos jovens. CI 119 6 Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultai a Deus e a vossos pais tementes a Deus, jovens amigos. Orai sobre o assunto. [...] CI 120 1 "Devem os pais", perguntais, "escolher o companheiro sem atenção para com o espírito ou os sentimentos do filho ou da filha?" Eu vos dirijo a pergunta como ela deveria ser: Deve um filho ou uma filha escolher um companheiro sem primeiro consultar os pais, quando tal passo pode afetar grandemente a felicidade dos pais, uma vez que tenham algum afeto a seus filhos? E deve esse filho, não obstante o conselho de seus pais, persistir em seguir seu próprio caminho? Respondo positivamente: Não: não, mesmo que ele nunca se haja de casar. O quinto mandamento proíbe tal orientação. "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá". Êxodo 20:12. Eis um mandamento com uma promessa que o Senhor certamente cumprirá aos que obedecem. Os pais prudentes nunca escolherão para seus filhos companheiros sem o respeito para com os desejos deles. -- O Lar Adventista, 43-48, 50, 51, 70-73, 75. CI 120 2 Pais e mães devem sentir que se lhes impõe o dever de guiar as afeições dos jovens, a fim de que possam ser colocadas naqueles que hajam de ser companheiros convenientes. Devem sentir como seu dever, pelo seu próprio ensino e exemplo com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal maneira o caráter de seus filhos desde os seus mais tenros anos, que sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e para o verdadeiro. Os semelhantes atraem os semelhantes; os semelhantes apreciam os semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo implantado na alma, e o jovem procurará a companhia daqueles que possuem essas características. -- O Lar Adventista, 74. CI 120 3 Cuidados para quem está pensando em casar -- A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que ver do que o Senhor. Se há coisa em que seja necessário o bom senso, é essa; mas o fato é que ele é pouco exercitado nesse assunto. -- O Lar Adventista, 55. CI 120 4 A imaginação, o sentimentalismo amoroso, devemos guardar-nos deles como da lepra. Muitos, muitos dos rapazes e moças nesta época do mundo, carecem de virtude; portanto é necessário haver muita cautela. [...] Os que conservaram um caráter virtuoso, se bem que faltem em outras qualidades desejáveis, podem ser de real valor moral. [...] CI 120 5 Há muito desse baixo sentimentalismo de mistura com a vida religiosa dos jovens desta época do mundo. Minha irmã, Deus requer que te transformes. Eleva tuas afeições, eu te imploro. Consagra tuas faculdades mentais e físicas ao serviço de teu Redentor, que te comprou. Santifica teus pensamentos e sentimentos, para que todas as tuas obras sejam operadas em Deus. [...] CI 121 1 Os anjos de Satanás estão de vigia aos que passam grande parte da noite namorando. Fossem os seus olhos abertos, e veriam um anjo a fazer o relatório de suas palavras e atos. As leis da saúde e da modéstia são violadas. Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados. Mas em geral o casamento acaba com toda devoção manifestada durante os dias do noivado. [...] CI 121 2 Satanás sabe exatamente com que elementos tem de tratar, e emprega sua infernal sabedoria em vários ardis, a fim de enlaçar almas para a ruína. Observa cada passo que se dê, e faz muitas sugestões, e muitas vezes estas sugestões são seguidas de preferência ao conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e desprevenidos. Pode achar-se muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas traspassam-se a si mesmos com muitas dores. Em resultado, vemos ruínas humanas por toda parte. CI 121 3 Conduta inadequada -- Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostrarão preferência por moças e lhes despertarão as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. CI 121 4 Essa disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações. Quão essencial é, pois, que os jovens de tal modo cinjam os lombos de seu espírito e cuidem de seu proceder de modo que Satanás não os possa iludir para se desviarem do caminho da justiça! CI 121 5 O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais. [...] CI 122 1 "Não furtarás" (Êxodo 20:15), foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno de seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade. [...] CI 122 2 Cristãos professos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensatos em todos os outros assuntos, neste cometem terríveis erros. Manifestam uma vontade firme, resoluta, a qual a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não têm o desejo de examinar a Bíblia e entrar em comunhão íntima com Deus. Quando se transgride um dos mandamentos do Decálogo, são quase certos os passos em descida. Uma vez removidas as barreiras da modéstia feminina, as mais baixas licenciosidades não parecem excessivamente pecaminosas. Ai! que terríveis resultados da influência da mulher para o mal se podem hoje testemunhar no mundo! Pelas seduções das "mulheres estranhas" (1 Reis 11:1), há milhares encarcerados nas celas das prisões, muitos tiram a própria vida, e outros tantos tiram a vida do próximo. Quão verdadeiras as palavras da Inspiração: "Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno". Provérbios 5:5. CI 122 3 Acham-se colocados a todo lado no caminho da vida faróis de advertência a fim de impedir os homens de se aproximarem de terrenos perigosos e proibidos; não obstante, multidões preferem o caminho fatal, contrário aos ditames da razão, sem consideração para com a lei de Deus, e em desafio a Sua vingança. CI 122 4 Os que quiserem conservar a saúde física, vigor intelectual e moral sã precisam fugir "dos desejos da mocidade". 2 Timóteo 2:22. Os que fizerem zelosos e decididos esforços para combater a impiedade que levanta a cabeça ousada e presunçosa em nosso meio, são odiados e difamados pelos malfeitores, mas serão honrados e recompensados por Deus. -- O Lar Adventista, 51, 53, 56-59. ------------------------Capítulo 19 -- Não se case com um descrente CI 123 1 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença para com os ensinos da Palavra de Deus acerca do casamento de cristãos com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus preferem seguir a inclinação de seu próprio espírito, em vez de tomarem conselho com a Sabedoria Infinita. Em uma questão que interessa vitalmente à felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o por vir, a razão, o juízo e o temor de Deus são postos de parte, permitindo-se que domine o cego impulso, a obstinada determinação. CI 123 2 Homens e mulheres de outro modo sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos aos conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes, e dos servos de Deus. A expressão de um aviso ou advertência é considerada impertinente intromissão, e o amigo que é fiel bastante para pronunciar uma admoestação, é tratado como inimigo. Tudo isto é como Satanás deseja. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o pescoço da concupiscência, a paixão não santificada toma o domínio até que, demasiado tarde, a vítima desperta a uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro traçado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente. CI 123 3 O Senhor ordenou ao Israel antigo que não deveria haver casamentos com pessoas das nações idólatras ao seu redor: "Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos". Deuteronômio 7:3. É dada a razão para isso. A Infinita Sabedoria, prevendo o resultado de semelhantes uniões, declara: "Pois elas fariam desviar teus filhos de Mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria". Deuteronômio 7:4. "Porque povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há". Deuteronômio 7:6. [...] No Novo Testamento existem proibições semelhantes acerca do casamento de cristãos com ímpios. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, declara: "A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor". 1 Coríntios 7:39. De novo, em sua segunda epístola, escreve: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor: e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso". 2 Coríntios 6:14-18. [...] CI 124 1 Nunca se deve o povo de Deus aventurar em terrenos proibidos. O casamento entre crentes e descrentes é proibido por Deus. Mas demasiadas vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos, e formam-se uniões matrimoniais não sancionadas por Deus. Por isso muitos homens e mulheres se acham sem esperança e sem Deus no mundo. Suas nobres aspirações se acham mortas; por uma cadeia de circunstâncias eles estão detidos na rede de Satanás. Os que são dominados pela paixão e os impulsos terão amarga colheita a ceifar nesta vida, e sua direção pode dar em resultado a perda de sua alma. CI 124 2 Os que professam a verdade desprezam a vontade de Deus desposando incrédulos; perdem-Lhe o favor, e fazem dura a obra do arrependimento. O incrédulo poderá ser dotado de excelente caráter moral; o fato, de que ele ou ela não atendeu às reivindicações de Deus, e negligenciou tão grande salvação, é razão suficiente para que se não consume tal união. O caráter do incrédulo talvez seja semelhante ao do jovem a quem Jesus dirigiu as palavras: "Ainda te falta uma coisa" (Lucas 18:22), aquilo era coisa necessária. [...] CI 124 3 "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" -- Alega-se por vezes que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos em cada dez, triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido, e vão sendo derribadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. Mesmo nos festejos das bodas, o espírito mundano triunfa da consciência, da fé e da verdade. No novo lar não é respeitada a hora da oração. A noiva e o noivo preferiram-se um ao outro e despediram a Jesus. CI 124 4 A princípio talvez o incrédulo não manifeste oposição; quando, porém, é apresentado à sua atenção o assunto da verdade bíblica, para que o considere, ergue-se imediatamente o sentimento: "Você casou comigo sabendo que eu era o que sou; não quero ser incomodado. Daqui em diante fique entendido que são proibidas as conversas sobre seus peculiares pontos de vista." Caso o crente manifeste qualquer zelo especial com relação a sua fé, pareceria descortês para com aquele que não toma nenhum interesse na vida cristã. CI 125 1 O crente raciocina que, nas novas relações, tem de conceder alguma coisa ao companheiro de sua escolha. São patrocinados entretenimentos sociais, mundanos. A princípio com grande relutância de sentimentos por parte do crente ao fazer isto, mas depois o interesse na verdade vai-se tornando cada vez menor, e a fé se transforma em dúvida e incredulidade. Ninguém haveria suspeitado que aquele outrora firme e consciencioso crente e consagrado seguidor de Cristo pudesse se tornar um dia duvidoso, vacilante, como agora é. Oh! a mudança operada por aquele casamento imprudente! CI 125 2 Coisa perigosa é formar uma aliança mundana. Bem sabe Satanás que o momento que testemunha o enlace de muitos rapazes e moças, põe um ponto final em sua história religiosa, em sua utilidade nesse sentido. Acham-se perdidos para Cristo. Poderão, por algum tempo, fazer um esforço para viver a vida cristã; todos esses esforços, no entanto, são feitos contra decidida corrente em sentido contrário. Outrora era para eles um privilégio e prazer falar acerca de sua fé e esperança; chegam, porém, a relutar para mencionar tal assunto, sabendo que aquele com quem uniram o destino não tem nenhum interesse no mesmo. Em conseqüência, perece no coração a fé na preciosa verdade, e Satanás tece perigosamente em torno deles uma rede de dúvida. CI 125 3 "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 18:19. Quão estranho, porém, o que se nos depara! Enquanto um daqueles que se acham tão estreitamente unidos está empenhado em devoção, o outro vive indiferente e descuidoso; ao passo que um busca o caminho da vida eterna, o outro segue a estrada larga que conduz à morte. CI 125 4 Centenas de pessoas têm sacrificado a Cristo e ao Céu em conseqüência de haverem desposado um não-convertido. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo seja de tão pouco valor para eles, que preferiram a companhia de pobres mortais? É o Céu tão pouco estimado, que estejam dispostos a arriscar sua vida por alguém que não sente amor algum para com o precioso Salvador? [...] CI 125 5 A resposta do cristão a um não crente -- Que deve fazer todo crente quando levado a essa posição difícil para a solidez dos princípios religiosos? Com firmeza digna de imitação, ele deve dizer francamente: "Sou um cristão consciencioso. Creio que o sétimo dia da semana é o sábado bíblico. Nossa fé e princípios são tão diversos que levam a direções opostas. Não nos é possível ser felizes juntos, pois se prossigo em adquirir mais perfeito conhecimento da vontade de Deus, me tornarei mais e mais diferente do mundo, e mais me assemelharei a Cristo. Se você continua a não ver nenhuma beleza em Jesus, nenhuma atração na verdade, amará o mundo, que eu não posso amar, ao passo que eu me deleitarei nas coisas de Deus, a que você não pode ter amor. As coisas espirituais discernem-se espiritualmente. Sem discernimento espiritual você será incapaz de ver os direitos que Deus tem sobre mim, ou de avaliar minhas obrigações para com o Mestre a quem sirvo; então você achará que o negligencio por causa de meus deveres religiosos. Não se sentirá feliz; terá ciúmes da afeição que consagro a Deus; e me sentirei só em minha crença religiosa. Quando se mudarem seus pontos de vista, quando seu coração atender aos reclamos de Deus, e aprender a amar a meu Salvador, então poderemos reatar nossas relações." CI 126 1 O crente faz então por Cristo um sacrifício que sua consciência aprovará, e que mostra que ele estima a vida eterna demasiado alto para correr o risco de perdê-la. Sente que melhor lhe é permanecer solteiro do que ligar seus interesses por toda a vida com uma pessoa que prefere o mundo a Jesus, e que o buscaria levar para longe da cruz de Cristo. CI 126 2 É melhor desistir de um noivado imprudente -- Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para o casamento. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta. -- O Lar Adventista, 61-69. CI 126 3 Mesmo que tenhais chegado a um noivado sem pleno conhecimento do caráter da pessoa com quem vos pretendeis unir, não penseis que o noivado constitua positiva necessidade de que pronuncieis o voto matrimonial e ligueis vossa vida a uma pessoa a quem não possais amar e respeitar. Sede muito cuidadosos quanto à maneira por que entrais em um noivado condicional; porém é melhor, muito melhor, romper com o noivado antes do casamento, do que vos separardes depois, como fazem muitos. CI 126 4 Poderás dizer: "Mas eu dei minha palavra, e deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se fizeste uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrata-a sem demora, e em humildade diante de Deus arrepende-te da vaidade que te levou a dar a palavra tão precipitadamente. Muito melhor é retirares tal promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e desonrar assim teu Criador. CI 126 5 Seja todo passo em direção ao casamento caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. [...] CI 127 1 O coração anela o amor humano, mas esse amor não é bastante forte, ou bastante puro, ou precioso bastante, para suprir o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador pode a esposa encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Deve constituí-Lo sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a qualquer amigo terreno, e não assuma qualquer relação que entre em atrito com isso. Os que encontram a verdadeira felicidade, precisam da bênção dos Céus sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de miséria a tantos corações e lares. Minha irmã, a menos que desejes ter um lar de onde nunca se levantem as sombras, não te unas com um homem que é inimigo de Deus. [...] CI 127 2 Conselhos para quem se converte depois do casamento -- A pessoa que entrou para a relação matrimonial quando ainda não convertida, coloca-se pela sua conversão sob uma obrigação maior de ser fiel à pessoa consorte, por mais que difiram com respeito à fé religiosa; todavia, as exigências de Deus devem ser postas acima de toda a relação terrena, mesmo que provas e perseguições possam ser o resultado. Com espírito de amor e mansidão, esta fidelidade pode ter influência no sentido de ganhar o descrente. -- O Lar Adventista, 48, 49, 67, 69. ------------------------Capítulo 20 -- Casamento CI 128 1 Do homem Deus fez a mulher, para ser-lhe companheira e ajudadora, para ser uma com ele, para alegrá-lo, encorajá-lo e abençoá-lo, sendo-lhe ele por sua vez um forte ajudador. Todos os que se casam com santo propósito -- marido para conquistar as puras afeições do coração da esposa; a esposa para abrandar e aperfeiçoar o caráter do seu esposo e ser-lhe complemento -- preenchem o propósito que Deus tem para eles. CI 128 2 Cristo não veio para destruir esta instituição, mas para restaurá-la em sua original santidade e elevação. Ele veio para restaurar a imagem moral de Deus no homem, e iniciou Sua obra sancionando a relação matrimonial. CI 128 3 Aquele que deu Eva a Adão por companheira, operou Seu primeiro milagre numa festa de casamento. Na sala festiva em que amigos e parentes se alegravam juntos, Cristo começou Seu ministério público. Sancionou assim o casamento, reconhecendo-o como instituição por Ele mesmo estabelecida. Ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. CI 128 4 O casamento deve ser um evento simples, porém feliz -- O amor divino que procede de Cristo nunca destrói o amor humano, mas o inclui. Por ele é o amor humano refinado e apurado, elevado e enobrecido. O amor humano jamais produz seus preciosos frutos até que esteja unido com a natureza divina e treinado para crescer rumo ao Céu. Jesus deseja ver casamentos e lares felizes. [...] CI 128 5 As Escrituras afirmam que tanto Jesus como Seus discípulos foram convidados a esta festa (em Caná). Cristo não deu permissão aos cristãos para dizerem, quando convidados para um casamento: "Não devemos estar presentes em tão jubilosa ocasião." Assistindo a esta festa, Cristo ensinou que desejava rejubilássemos com os que se rejubilam na observância dos Seus estatutos. Ele jamais desencorajou inocentes festividades da família humana quando dirigidas de acordo com as leis do Céu. Uma reunião que Cristo honrou com Sua presença merece que Seus seguidores a assistam. Depois de Se apresentar nesta festa, Cristo assistiu a muitas outras, santificando-as por Sua presença e instrução. [...] Não há razão para fazermos grande pompa ou exibição, ainda que as partes contraentes sejam perfeitamente talhadas uma para a outra. CI 129 1 Sempre me tem parecido impróprio ver a cerimônia de casamento associada com risos, algazarra e um pretexto para coisas desse tipo. Não. O casamento é uma ordenação de Deus, e deve ser olhado com a maior solenidade. Como a relação de família é formada aqui embaixo, deve dar uma demonstração do que será a família no Céu em cima. A glória de Deus deve ser sempre a primeira preocupação. [...] -- O Lar Adventista, 99-101. CI 129 2 Conselhos para recém-casados -- Caro irmão e irmã: Vocês se uniram em um concerto vitalício. Está começando a sua educação na vida conjugal. O primeiro ano de vida matrimonial é ano de experiência, ano em que, como a criança aprende lições na escola, marido e mulher descobrem mutuamente os diferentes traços de caráter. Nesse primeiro ano de vida conjugal, não permitam que haja capítulos que possam manchar a felicidade futura. CI 129 3 Alcançar a devida compreensão da relação matrimonial é obra da vida inteira. Os que se casam ingressam numa escola onde nunca, nesta vida, se diplomarão. Meu irmão, o tempo, a força e a felicidade de sua esposa acham-se agora ligados aos seus. Sua influência sobre ela pode ser um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Seja muito cuidadoso para lhe não estragar a vida. CI 129 4 Minha irmã, você vai agora aprender as primeiras lições práticas no tocante às responsabilidades da vida conjugal. Tenha cuidado para aprender fielmente essas lições, dia a dia. Não dê lugar a descontentamento nem acabrunhamento. Não almeje vida de ócio e inatividade. Guarde-se constantemente de ceder ao egoísmo. CI 129 5 Em sua união vitalícia, as afeições devem conduzir à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a seu respeito. Mas, ao mesmo tempo que se devem unir em um só ser, nenhum de vocês deverá perder sua própria individualidade na do outro. Deus é o dono de sua individualidade. A Ele é que se deve perguntar: Que é direito? Que é errado? Como poderei eu melhor cumprir o propósito de minha criação? "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus". 1 Coríntios 6:19, 20. Seu amor ao que é humano deve ser secundário em relação ao amor a Deus. A força de sua afeição deve refluir para Aquele que deu a vida por você. Vivendo para Deus, a pessoa faz convergir nEle suas melhores e mais elevadas afeições. É para Aquele que morreu por você, a maior manifestação do seu amor? Se assim for, seu amor mútuo será segundo o plano do Céu. CI 129 6 A afeição poderá ser clara como cristal e formosa em sua pureza e, contudo, ser superficial, por não ter sido provada nem refinada. Faça de Cristo em tudo o primeiro, o último e o melhor. Contemple-O constantemente, e, à medida que se for submetendo à prova, seu amor a Ele se tornará dia a dia mais profundo e mais forte. E ao ampliar seu amor a Ele, também sua experiência de amor mútuo há de crescer, aprofundar-se e fortalecer-se. "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito". 1 Coríntios 3:18. Você agora tem deveres a cumprir, que não tinha antes do casamento. "Revesti-vos, pois [...] de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade". Colossences 3:12. "Andai em amor, como também Cristo vos amou." "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. [...] De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela". Efésios 5:2, 22-25. CI 130 1 O casamento, uma união vitalícia, é símbolo da união entre Cristo e Sua igreja. O espírito que Cristo manifesta para com a igreja, é o que marido e mulher devem dedicar-se mutuamente. CI 130 2 Nem o marido nem a mulher deve tentar dominar. O Senhor expressou o princípio que orienta este assunto. O marido deve amar a mulher como Cristo à igreja. E a mulher deve respeitar e amar o marido. Ambos devem cultivar espírito de bondade, resolvidos a nunca ofender ou prejudicar o outro. CI 130 3 Meu irmão e minha irmã, os dois têm intensa força de vontade. Podem tornar essa faculdade em grande bênção ou em grande maldição, para vocês e para os com quem entram em contato. Não procurem obrigar o outro a proceder como desejam. Não podem fazer isso e ao mesmo tempo conservar o amor mútuo. Manifestações de vontade própria destroem a paz e a felicidade do lar. Não permitam que sua vida conjugal seja de contenção. Se o permitirem isso, serão ambos infelizes. Sejam bondosos nas palavras e delicados no trato, renunciando aos próprios desejos. Vigiem bem as palavras; pois elas exercem influência poderosa para o bem ou para o mal. Não permitam aspereza alguma da voz. Tragam para a vida conjugal a fragrância da semelhança de Cristo. CI 130 4 Antes de um homem entrar em união tão íntima como é a relação matrimonial, deve ele aprender a dominar-se e a tratar com outros. [...] CI 130 5 Meu irmão, seja bondoso, paciente, longânimo. Lembre-se que sua esposa o aceitou como seu esposo, não para que sobre ela dominasse mas para que lhe fosse o arrimo. Não seja despótico nem autoritário. Não exerça sua grande força de vontade para obrigar sua esposa a proceder como deseja. Lembre-se de que ela tem sua vontade e que, assim como você, pode ela também desejar que essa vontade se cumpra. Lembre-se, ainda, de que você tem a vantagem da experiência mais vasta. Seja compreensivo e cortês. "A sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos". Tiago 3:17. [...] CI 131 1 Lembrem-se, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguirão fazer-se mutuamente felizes, como prometeram em seu voto matrimonial. E na força do Redentor poderão trabalhar com sabedoria e eficiência para ajudar alguma vida tortuosa a ser endireitada em Deus. Que há que Cristo não possa fazer? Ele é perfeito em sabedoria, em justiça, em amor. Não se fechem em si mesmos, satisfeitos com fruir mutuamente toda sua afeição. Lancem mão de toda oportunidade a fim de contribuir para a felicidade dos que os cercam, partilhando com eles sua afeição. Palavras bondosas, olhares de simpatia, expressões de apreço, serão para muita alma a lutar em solidão, como um copo de água fresca para o sedento. Uma palavra de animação, um ato de bondade, irá longe para aliviar a carga que pesa sobre ombros cansados. É no ministério altruísta que se encontra a verdadeira felicidade. E cada palavra e ato dessa espécie é registrado nos livros celestiais, como havendo sido feito para Cristo. "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos", declara Ele. "a Mim o fizestes". Mateus 25:40. CI 131 2 Vivam sob a luz radiante do amor de Cristo. Então, sua influência abençoará o mundo. Que o Espírito de Cristo os domine. Que esteja em seus lábios a lei da bondade. A longanimidade e a abnegação assinalam as palavras dos que são nascidos de novo, para viver a nova vida em Cristo. -- Testimonies for the Church 7:45-50. ------------------------Capítulo 21 -- Sucesso e felicidade ao educar os filhos CI 132 1 Deus ordenou que haja perfeito amor e harmonia entre os que se casam. Que os noivos, na presença do universo celestial, se comprometam a amar um ao outro como Deus ordenou que façam. [...] A esposa deve respeitar e acatar o marido, e este deve amar sua esposa e tratá-la com carinho. CI 132 2 Homens e mulheres no início da vida matrimonial, devem-se reconsagrar a Deus. [...] CI 132 3 Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no casamento, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em casamento é obra dos anos subseqüentes. CI 132 4 Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o devido procedimento. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados: mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. [...] CI 132 5 Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza e mantêm uma reserva que repele aos outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. [...] CI 132 6 Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula propósitos mais nobres. -- O Lar Adventista, 103, 105, 107. CI 133 1 A união de duas vidas -- Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e desânimo, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. CI 133 2 Todos devem cultivar a paciência pela prática da paciência. Sendo bondosos e perdoadores, o verdadeiro amor pode ser mantido quente no coração, e se desenvolverão qualidades que o Céu aprovará. CI 133 3 Satanás está sempre pronto para tirar vantagem quando surge qualquer ponto controvertido, e pondo em movimento os objetáveis traços hereditários de caráter no marido e na mulher, procurará levar à separação os que uniram seus interesses em solene concerto diante de Deus. No voto matrimonial prometeram ser um, comprometendo-se a esposa a amar e obedecer ao marido, este prometendo amar sua esposa e tratá-la com carinho. Se a lei de Deus é obedecida, o demônio da contenda será conservado fora do lar, e não ocorrerá separação de interesses, nem será permitida alienação das afeições. -- O Lar Adventista, 106. CI 133 4 Este é um importante momento na história daqueles que estão diante de vós para unir seus interesses, suas simpatias, seu amor, seu trabalho no ministério de salvar almas. Na relação matrimonial é dado um passo muito importante: a união de duas vidas numa só. [...] Está em harmonia com a vontade de Deus que o marido e a esposa se unam em Seu trabalho, a fim de promovê-lo em inteireza e santidade. Eles podem fazer isto. CI 133 5 A bênção de Deus no lar onde esta união existe é como a luz do Céu. porque é uma ordenação de Deus que o homem e a mulher se unam em santo laço, sob Jesus Cristo, sob Seu controle e a guia do Seu Espírito. [...] CI 133 6 Deus deseja que o lar seja o lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo, descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade nesta união que os anjos de Deus louvam. [...] CI 133 7 Quando as diferenças interferem -- É um problema difícil ajustar dificuldades de família, mesmo quando marido e mulher procuram razoável e justa solução para suas várias obrigações, se deixaram de submeter o coração a Deus. Como podem marido e mulher dividir os interesses da vida do lar e ainda manter uma firme e amorável união? Deviam ter o interesse unificado em tudo que diga respeito à estruturação do lar, e a esposa, se cristã, terá seu interesse com o do esposo, como seu companheiro; pois o marido deve permanecer como cabeça do lar. CI 134 1 Tens espírito dominador. Quando tomas uma posição, não pesas bem a questão nem consideras qual pode ser o efeito de manter tua opinião de maneira independente, incluindo-a em tuas orações e conversação, quando sabes que tua esposa não tem a mesma opinião. Em vez de respeitar os sentimentos de tua esposa, evitando bondosamente, como faria um homem cortês, os assuntos que sabes serem controvertidos, persistes em te demorares em pontos objetáveis, e tens manifestado persistência em expressar tua opinião sem considerar as pessoas ao teu redor. Tens admitido que outros não têm o direito de ver as coisas diferentemente. Estes frutos não são produzidos pela árvore cristã. CI 134 2 Meu irmão, minha irmã, abri o coração para receberdes a Jesus. Convidai-O a entrar no templo da alma. Ajudai-vos mutuamente a vencer os obstáculos que existem na vida matrimonial de todos. Tereis um feroz conflito para vencer vosso adversário, o diabo, e se esperais que Deus vos ajude nesta batalha, deveis ambos unir-vos na decisão de vencer, em selar vossos lábios contra o falar qualquer palavra inoportuna, mesmo que tenhais de cair sobre vossos joelhos, e clamar: "Senhor, repreende o adversário de minha alma!" CI 134 3 Se a vontade de Deus é cumprida, marido e mulher respeitarão um ao outro e cultivarão amor e confiança. Tudo que perturbe a paz e união da família deve ser firmemente reprimido, cultivando-se a bondade e o amor. Aquele que manifesta o espírito de compaixão, de longanimidade e amor encontrará o mesmo espírito refletido sobre si. Onde reina o Espírito de Deus, não haverá o falar impropriedades com respeito à relação matrimonial. Se Cristo verdadeiramente estiver formado no interior a esperança da glória, haverá união e amor no lar. Cristo habitando no coração da esposa estará em harmonia com Cristo habitando no coração do marido. Juntos lutarão para alcançar as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. CI 134 4 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada pelo Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. -- O Lar Adventista, 101, 102, 119-121. CI 134 5 No casamento os homens e mulheres algumas vezes se comportam como crianças indisciplinadas e perversas. O marido quer ter razão, a mulher por sua vez quer tê-la, e nenhum dos dois deseja ceder. Tal situação só pode levar a maior infelicidade. Tanto o marido como a mulher devem estar dispostos a abrir mão da opinião. Não há possibilidade de felicidade enquanto ambos persistirem em fazer como lhes apraz. -- O Lar Adventista, 118. CI 134 6 Sem mútuo amor e tolerância mútua nenhum poder terreno pode manter-te a ti e a tua esposa nos laços da unidade cristã. Vosso companheirismo na relação matrimonial deve ser íntimo e terno, santo e elevado, insuflando poder espiritual em vossas vidas, para que possais ser um para o outro tudo que a Palavra de Deus requer. Quando alcançardes a condição que o Senhor deseja alcanceis, encontrareis o Céu cá embaixo e Deus em vossa vida. CI 135 1 Lembrai, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguireis fazer-vos mutuamente felizes, como prometestes em vosso voto matrimonial. -- O Lar Adventista, 112. CI 135 2 Pela graça de Cristo pode-se alcançar a vitória sobre o próprio eu e o egoísmo. À medida que for vivendo Sua vida, manifestando a cada passo sacrifício, revelando constante e crescente simpatia pelos que necessitam de auxílio, virá vitória sobre vitória. Dia a dia, vocês aprenderão a conquistar o próprio eu e a fortalecer os pontos fracos de caráter. Ao submeter a vontade ao Senhor Jesus, Ele será sua luz, sua força, sua coroa de glória. -- Testimonies for the Church 7:49. ------------------------Capítulo 22 -- O relacionamento entre marido e esposa CI 136 1 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada pelo Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. Jesus não impõe o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la em sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta é a força dominante. CI 136 2 O casamento é legítimo e santo -- Não é nenhum pecado em si o comer e beber, ou casar-se e dar-se em casamento. Era correto casar no tempo de Noé, e é correto fazê-lo agora, desde que isto que é correto seja tratado convenientemente e não levado a pecaminoso excesso. Mas nos dias de Noé os homens casavam sem consultar a Deus ou buscar Sua guia e conselho. [...] CI 136 3 O fato de que todas as relações da vida são de natureza transitória devia exercer uma influência modificadora sobre tudo que fazemos e dizemos. Nos dias de Noé foi o amor desordenado excessivo daquilo que era em si mesmo legítimo quando usado com propriedade que tornou o casamento pecaminoso aos olhos de Deus. Há muitos que estão perdendo a alma nesta época do mundo por se deixarem absorver por pensamentos de casamento e na relação matrimonial em si. CI 136 4 A relação matrimonial é santa, mas neste século degenerado encobre violências de toda espécie. Dela se tem abusado e ela tem-se tornado um crime que agora constitui um dos sinais dos últimos dias, tal como nos dias anteriores ao dilúvio o casamento, tratado como o foi, tornara-se então um crime. [...] Quando a natureza sagrada do casamento e seus altos propósitos são compreendidos, será mesmo agora aprovado pelo Céu; e o resultado será felicidade para ambas as partes, e Deus será glorificado. CI 136 5 Os privilégios do casamento -- Os que professam ser cristãos [...] [devem] ponderar então devidamente o resultado de cada privilégio das relações conjugais, fundamentando cada ação em santificado princípio. Em inúmeros casos os pais [...] têm abusado de seus privilégios matrimoniais, e pela condescendência têm fortalecido suas paixões sensuais. CI 137 1 [Em outra ocasião, a Sra. White falou sobre a "privacidade e privilégios da relação conjugal".] CI 137 2 É o levar ao excesso o que é lícito, o que o torna grave pecado. CI 137 3 Muitos pais não obtêm o conhecimento que deviam em sua vida conjugal. Não se guardam para que Satanás não se aproveite deles, controlando-lhes a mente e a vida. Não vêem que Deus requer que eles controlem sua vida conjugal, evitando qualquer excesso. Bem poucos, porém, sentem ser um dever religioso reger as próprias paixões. Uniram-se em matrimônio ao objeto de sua escolha, e daí raciocinam que o casamento santifica a condescendência com as paixões inferiores. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões de concupiscência, e nem pensam que Deus os considera responsáveis pelo dispêndio da energia vital que lhes enfraquece o suporte da vida e lhes debilita todo o organismo. CI 137 4 Abnegação e temperança -- Oh! se eu pudesse fazer todos compreenderem sua obrigação para com Deus quanto a conservar a estrutura mental e física nas melhores condições a fim de prestarem serviço perfeito a seu Criador! Refreie-se a esposa cristã, tanto por palavras como por atos, de despertar as paixões sensuais do marido. Muitos não têm absolutamente forças para desperdiçarem nessa direção. Desde sua juventude têm enfraquecido o cérebro e debilitado sua constituição em virtude da satisfação dos apetites sensuais. Abnegação e temperança, eis o que devia constituir sua divisa na vida conjugal. CI 137 5 Estamos sob solenes obrigações a Deus de conservar puro o espírito e sadio o corpo, para que possamos ser um benefício para a humanidade e render a Deus perfeito serviço. O apóstolo pronuncia estas palavras de advertência: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências". Romanos 6:12. Ele nos anima a avançar dizendo que "todo aquele que luta de tudo se abstém". 1 Coríntios 9:25. Exorta todos que se dizem cristãos a apresentarem o seu corpo como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. Diz ainda: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado". 1 Coríntios 9:27. CI 137 6 Não é um amor puro o que leva um homem a tornar sua esposa instrumento para servir a sua sensualidade. É a paixão sensual que clama por satisfação. Quão poucos os homens que manifestam seu amor na maneira indicada pelo apóstolo: "Como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para [não poluí-la, mas] a santificar, purificando-a" [...] para a apresentar [...] santa e irrepreensível". Efésios 5:25-27. Tal é, nas relações conjugais, o amor que Deus reconhece como santo. O amor é um princípio puro e santo; a paixão sensual, porém, não admitirá restrição, e não será ditada pela razão ou por ela controlada. É cega às conseqüências; não raciocina de causa para efeito. CI 138 1 Por que busca Satanás debilitar o autocontrole -- Satanás procura rebaixar a norma de pureza e enfraquecer o autocontrole dos que se casam, porque sabe que enquanto as paixões subalternas estão em ascendência, as faculdades morais se tornam seguramente mais fracas, e ele não precisa preocupar-se com o seu crescimento espiritual. Ele sabe também que de nenhuma outra maneira pode estampar melhor a sua própria imagem odiosa na descendência deles, e que assim pode moldar mais facilmente o caráter dos filhos do que o caráter dos pais. CI 138 2 Homens e mulheres, um dia aprendereis o que seja a concupiscência e os resultados de satisfazê-la. Pode-se encontrar no casamento paixão de tão baixa qualidade, como fora dele. CI 138 3 Qual o resultado de dar livre curso às paixões inferiores? [...] O leito conjugal, onde anjos de Deus devem estar presentes, é profanado por práticas perversas. E porque domina deprimente animalismo, os corpos são corrompidos; práticas abomináveis levam a enfermidades abomináveis. O que Deus deu como uma bênção tem-se feito uma maldição. CI 138 4 O excesso sexual destruirá com efeito o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a debilitar a vitalidade. Mulher alguma deve ajudar o marido nesta obra de autodestruição. Ela não o fará caso esteja esclarecida, e tenha por ele verdadeiro amor. CI 138 5 Quanto mais condescendência houver com as paixões sensuais, tanto mais fortes se tornarão elas, e mais violentos serão seus reclamos quanto à satisfação. Que os homens e mulheres tementes a Deus despertem para o seu dever. Muitos professos cristãos sofrem de paralisia de nervos e cérebro, devido a sua intemperança neste sentido. CI 138 6 Os maridos devem mostrar consideração -- Os maridos devem ser cuidadosos, atenciosos, constantes, fiéis e compassivos. Devem manifestar amor e simpatia. Se cumprirem as palavras de Cristo, seu amor não será de baixa natureza, terreno; de caráter sensual que leve à destruição do próprio corpo, e debilidade e enfermidade à esposa. Não serão condescendentes para com a satisfação de baixas paixões, fazendo ouvir a esposa que ela deve ser sujeita ao marido em tudo. Quando o esposo tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que cada cristão deve possuir, isto se revelará na associação matrimonial. Se ele tem a mente de Cristo, não será um destruidor do corpo, mas estará cheio de terno amor, procurando alcançar a mais elevada norma em Cristo. CI 139 1 Homem algum amará verdadeiramente a sua esposa quando ela se submete pacientemente a tornar-se sua escrava, e servir a suas depravadas paixões. Em sua passiva submissão, ela perde o valor que outrora possuía aos olhos dele. Ele a vê degradada de tudo quanto era elevado, para um baixo nível; e não demora a que suspeite que ela se submeta com a mesma passividade a ser degradada por outro assim como por ele. Duvida-lhe da constância e pureza, cansa-se dela, e busca novos objetos para despertar e intensificar suas paixões infernais. A lei de Deus não é considerada. Tais homens são piores que os animais; são demônios em forma humana. Não conhecem os elevados, enobrecedores princípios do amor verdadeiro e santificado. CI 139 2 Também a esposa fica ciumenta do marido, e suspeita que, em havendo oportunidade, ele com a mesma prontidão dirigiria a outra, da mesma maneira que a ela, suas atenções amorosas. Vê que ele não é regido pela consciência ou o temor de Deus; todas essas santas barreiras são derribadas pelas paixões concupiscentes; tudo quanto é no marido semelhante a Deus, torna-se servo da concupiscência embrutecedora e vil. CI 139 3 Quando surgem exigências irrazoáveis -- A questão a ser assentada agora, é: Há de a esposa sentir-se obrigada a ceder implicitamente às exigências do marido, quando ela vê que coisa alguma senão a paixão vil o domina, e quando sua razão e discernimento se acham convencidos de que ela o faz com dano do próprio corpo que Deus lhe ordenou possuir em santificação e honra, conservar como um sacrifício vivo para Deus? CI 139 4 Não é amor puro e santo o que leva a esposa a satisfazer às propensões sensuais do esposo, com prejuízo da saúde e da vida. Caso ela tenha verdadeiro amor e sabedoria, procurará desviar-lhe a mente da satisfação das paixões impuras para assuntos elevados e espirituais, falando sobre assuntos espirituais interessantes. Talvez seja necessário insistir humilde e afetuosamente, mesmo com risco de o desagradar, em que ela não pode desonrar seu corpo, cedendo a excessos sexuais. Deve, bondosa e ternamente, lembrar-lhe que Deus tem direitos mais altos, acima de todos os outros direitos, sobre todo o seu ser, e que ela não pode desrespeitar esses direitos, pois será por isto responsável no grande dia de Deus. [...] CI 139 5 Caso ela eleve suas afeições, e em santificação e honra conserve sua pura dignidade de mulher, poderá por sua sensata influência, fazer muito para santificar o marido, cumprindo assim sua alta missão. Por esta maneira de agir, ela pode salvar tanto o marido, como a si mesma, realizando uma dupla obra. Nesta questão, tão delicada e tão difícil de manejar, são necessárias muita sabedoria e paciência, bem como ânimo e fortaleza morais. Graça e resistência podem ser obtidas na oração. O amor sincero deve ser o princípio dominante do coração. Amor a Deus e ao esposo pode unicamente ser a justa norma de procedimento. [...] CI 140 1 Quando a mulher sujeita o corpo e o espírito ao domínio do marido, sendo passiva diante da vontade dele em tudo, sacrificando sua consciência, dignidade e mesmo personalidade, perde a oportunidade de exercer aquela poderosa influência que deveria possuir para o bem, a fim de elevar o marido. Ela podia abrandar-lhe a natureza áspera, e sua santificadora influência poderia ser usada de modo a purificar e polir, levando-o a esforçar-se zelosamente por governar as próprias paixões, e ser mais espiritual, para que sejam juntamente participantes da divina natureza, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Grande pode ser o poder da influência no conduzir a mente a assuntos elevados e nobres, acima das baixas condescendências sensuais naturalmente buscadas pelo coração não renovado pela graça. Caso a esposa ache que, a fim de agradar ao marido, deve descer à norma por ele mantida, quando a paixão sensual é a principal base de seu amor e lhe rege as ações, ela desagrada a Deus; pois deixa de exercer uma santificadora influência sobre o marido. Se ela acha dever submeter-se a suas paixões sensuais sem uma palavra de admoestação, não compreende seu dever para com ele e para com o seu Deus. CI 140 2 Nosso corpo foi comprado -- As mais baixas paixões têm sua sede no corpo e por seu intermédio operam. As palavras "carne" ou "carnal" ou ainda "concupiscência da carne" envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça. -- O Lar Adventista, 121-128. ------------------------Capítulo 23 -- A mãe e seus filhos CI 141 1 Em lugar de se entregar a uma verdadeira labuta, procure a esposa e mãe encontrar tempo para ler, para se manter bem informada, para ser uma companheira a seu marido, e se conservar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Empregue ela sabiamente as oportunidades que tem agora de influenciar os seus queridos para aquela vida mais elevada. Tome tempo para tornar o querido Salvador um companheiro diário, um amigo familiar. Consagre tempo ao estudo de Sua Palavra, para levar as crianças aos campos, e aprender a conhecer a Deus mediante a beleza de Suas obras. CI 141 2 Mantenha-se ela animosa e alegre. Em vez de passar todos os momentos num costurar sem fim, faça do serão um aprazível período social, uma reunião de família depois dos deveres do dia. Muito homem seria assim levado a preferir o convívio de seu lar, em vez de o clube e o bar. Muito menino seria guardado contra a rua e o bar da esquina. Muita menina seria salva de associações frívolas, que não levam a bom caminho. A influência do lar seria tanto para os pais como para os filhos, aquilo que era o desígnio de Deus que fosse, uma bênção que se estendesse por toda a vida. [...] CI 141 3 Não raro se faz a pergunta: "Não deve a esposa ter vontade própria?" A Bíblia claramente afirma que o marido é a cabeça da família. "Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido". Efésios 5:22. Se esta injunção terminasse aqui, poderiam dizer que a posição da esposa não é nada invejável; é uma posição difícil e árdua em muitos casos, e seria melhor que houvesse menos casamentos. Muitos maridos ficam nas palavras: "Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido", mas leiamos a conclusão da mesma injunção: "Como ao Senhor". Efésios 5:22. [...] CI 141 4 Precisamos ter o Espírito de Deus ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o Espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá contudo que seja uma escrava, mas uma companheira de seu marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor de sua esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um tipo do Céu. [...] Se um erra, o outro exercitará a tolerância cristã em vez de repelir com frieza. [...] CI 141 5 A maternidade -- Toda mulher prestes a tornar-se mãe, seja qual for o seu ambiente, deve animar constantemente uma disposição feliz, alegre, contente, sabendo que por todos os seus esforços postos nesta direção será ela recompensada dez vezes mais no caráter tanto físico como moral do seu rebento. E isto não é tudo. Ela pode, pelo hábito, acostumar-se a pensamentos bem-humorados, e assim encorajar um feliz estado de espírito e lançar alegre reflexo de sua própria felicidade de espírito na família e nos que com ela se associam. E em grande medida sua saúde física melhorará. Um poder será comunicado às forças vitais, e o sangue não circulará lentamente, como seria o caso se ela se entregasse ao desânimo e tristeza. Sua saúde mental e moral é revigorada pela leveza de seu espírito. O poder da vontade pode resistir a impressões da mente e se provará grande tranqüilizador dos nervos. Os filhos que são privados desta vitalidade que deviam herdar dos pais devem receber o máximo cuidado. Por cerrada atenção às leis do seu ser, melhor condição destas coisas pode ser estabelecida. CI 142 1 Aquela que espera tornar-se mãe deve conservar sua alma no amor de Deus. Seu espírito deve estar em paz; ela deve descansar no amor de Jesus, pondo em prática as palavras de Cristo. Deve lembrar-se de que a mãe é colaboradora de Deus. -- O Lar Adventista, 110, 115, 116, 118, 258, 259. CI 142 2 O marido e a esposa devem cooperar. Que mundo teríamos se todas as mães se consagrassem no altar de Deus, e consagrassem a Deus os seus filhos antes e depois do nascimento! CI 142 3 O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância; o Céu. porém, não o considera assim. A mensagem enviada por um anjo de Deus, e duas vezes dada da maneira mais solene, mostra que isto merece nossa mais atenta consideração. CI 142 4 Nas palavras dirigidas à mãe hebréia [a esposa de Manoá]. Deus fala a todas as mães de todas as épocas. "De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela". Juízes 13:13. A felicidade da criança será afetada pelos hábitos da mãe. Seus apetites e paixões devem ser regidos por princípios. Existem coisas que lhe convém evitar, coisas a combater, se quer cumprir o desígnio de Deus a seu respeito ao dar-lhe um filho. CI 142 5 O mundo está cheio de laços para os pés da juventude. Multidões são atraídas por uma vida de egoísmo e prazeres sensuais. Não podem discernir os perigos ocultos, ou o terrível fim da senda que se lhes parece o caminho da felicidade. Mediante a condescendência com o apetite e a paixão desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar estas tentações. Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal. CI 142 6 Se antes do nascimento de seu filho, a mãe é condescendente consigo mesma, egoísta, impaciente e exigente, esses traços se refletirão na disposição da criança. Assim muitas crianças têm recebido como herança quase invencíveis tendências para o mal. CI 143 1 Mas se a mãe se atém sem reservas aos retos princípios, se é temperante e abnegada bondosa, amável e esquecida de si mesma, ela pode transmitir ao filho os mesmos traços de caráter. [...] CI 143 2 As crianças são para a mãe um espelho em que ela pode ver refletidos seus hábitos e comportamento. Quão cuidadosa, então, deve ser a linguagem, bem como seu comportamento, na presença desses pequenos aprendizes! Os traços de caráter que ela desejar ver desenvolvidos neles, deve cultivá-los em si mesma. -- O Lar Adventista, 255, 256, 267. CI 143 3 Quando as responsabilidades da mãe devem ser aliviadas -- É um erro que geralmente se comete o não fazer qualquer diferença na vida de uma mulher antes do nascimento de filhos. Neste importante período o trabalho da mãe deve ser aliviado. Grandes mudanças estão-se operando em seu organismo. Este requer maior quantidade de sangue, e conseqüentemente aumento em alimentos de qualidade a mais nutritiva para converter-se em sangue. A menos que ela tenha abundante suprimento de alimentos nutritivos, não poderá reter sua força física e seu filho fica privado de vitalidade. CI 143 4 Suas roupas também demandam atenção. Deve-se tomar cuidado para proteger o corpo do frio. Não deve ela atrair desnecessariamente vitalidade à superfície a fim de suprir o que falta em suficiente vestuário. Se lhe falta abundância de alimento saudável, nutriente, ficará em deficiência na qualidade e quantidade do sangue. Sua circulação será pobre e o filho terá falta das mesmas coisas. Haverá na criança falta de capacidade para apropriar-se do alimento que possa converter em bom sangue para nutrição do organismo. A boa condição da mãe e do filho depende muito de roupas boas e quentes e de suprimento de alimento nutritivo. [...] CI 143 5 A amamentação -- O melhor alimento para o bebê é o que lhe foi provido pela natureza. Não deveria, sem necessidade, ser dele privado. É falta de coração eximir-se a mãe, por amor da comodidade ou de diversões sociais, da delicada tarefa de amamentar o filhinho. CI 143 6 É crítico o período durante o qual o bebê recebe o alimento da mãe. Muitas mães, enquanto nutrem a criança, têm-se permitido trabalhar demais, estimulando o sangue ao cozinharem, o que tem afetado seriamente o bebê, não só pelo alimento febril recebido do seio da mãe, mas também porque seu sangue se tornou envenenado pelo regime insalubre daquela -- regime que lhe tem posto em estado febril todo o organismo, deste modo afetando o alimento do pequeno. Este é também afetado pela condição da mente da mãe. Se ela é infeliz, se facilmente se agita e se irrita, dando lugar a irrupções de paixão, o alimento que a criança recebe da mãe é inflamado, produzindo muitas vezes cólica, espasmos e, em alguns casos, convulsões e desmaios. CI 144 1 Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do alimento recebido da mãe. Quão importante, então, que a mãe, enquanto amamenta seu bebê, conserve um estado mental feliz, tendo o perfeito controle de seu espírito. Assim fazendo, não se prejudica o alimento da criança, e o procedimento calmo e dominado seguido pela mãe no cuidado do filho, tem muito que ver com o molde de seu espírito. Se o pequeno for nervoso, ficar agitado facilmente, as maneiras cuidadosas e calmas da mãe terão uma influência no sentido de abrandar e corrigir, e a saúde da criança muito poderá aproveitar. -- O Lar Adventista, 256, 257, 260, 261. CI 144 2 Regularidade como prova de carinho e amor -- Os filhos são entregues aos pais como precioso depósito, o qual Deus um dia requererá de suas mãos. Devemos dedicar mais tempo a sua educação mais cuidado e mais oração. Eles necessitam mais da justa espécie de instrução. [...] CI 144 3 Em muitos casos as doenças infantis têm sua origem nos erros cometidos na maneira de as cuidar. Irregularidade na alimentação, deficiência no vestuário nas tardes frias, falta de vigoroso exercício para manter o sangue em saudável circulação, ou falta de abundância de ar puro à purificação desse mesmo sangue, podem ser a causa da perturbação. Estudem os pais a fim de ver as causas da doença, e modifiquem então as más condições o mais depressa possível. -- O Lar Adventista, 161, 263. CI 144 4 As crianças são geralmente criadas desde o berço para satisfazerem ao apetite, e são ensinadas que vivem para comer. A mãe faz muito para a formação do caráter dos filhos na infância. Ela pode ensiná-los a controlar o apetite, ou a serem condescendentes com o apetite, tornando-se glutões. A mãe muitas vezes faz planos para umas tantas tarefas durante o dia; e quando as crianças a incomodam, em vez de tomar tempo para amenizar-lhes suas pequenas mágoas, e distraí-las, dá-lhes às vezes de comer para que se aquietem, o que responde ao propósito por algum tempo, mas torna conseqüentemente a coisa pior. O estômago das crianças foi sobrecarregado com alimento, quando não tinha dele a mínima necessidade. Tudo o que se necessitava era um pouco do tempo e atenção da mãe. Mas ela considerou o seu tempo como demasiado precioso para devotá-lo ao interesse das crianças. Talvez o arranjo da casa de maneira atraente que arranque aplausos das visitas, ou o preparo do alimento no estilo da moda, sejam para ela de mais importância que a felicidade e a saúde de seus filhos. [...] CI 144 5 No preparo do guarda-roupa do nenê, deve ter-se em vista a conveniência, o conforto e a saúde, de preferência à moda e ao desejo de causar admiração. A mãe não deve desperdiçar tempo em bordados ou trabalhos de fantasias, para embelezar as pequeninas vestimentas, sobrecarregando-se assim de trabalho desnecessário, com detrimento de sua saúde e da do pequenino ser. Ela não deve se inclinar sobre costuras que exijam esforço fatigante dos olhos e dos nervos, numa época em que necessita de abundância de repouso e exercício agradável. Convém compreender sua obrigação de poupar as forças, de modo a poder suportar o que dela é exigido. -- O Lar Adventista, 261, 262. CI 145 1 A necessidade de auto-controle na hora de disciplinar -- Na educação da criança, há ocasiões em que a vontade firme, amadurecida, da mãe encontra a vontade desarrazoada, indisciplinada, da criança. Nessas ocasiões há necessidade de grande sabedoria da parte da mãe. Por procedimento imprudente, pela imposição autoritária, pode-se causar grande mal à criança. CI 145 2 Sempre que possível, convém evitar essa crise; pois representa uma luta árdua, tanto para a mãe como para o filho. Uma vez que surja, porém, a criança tem que ser levada a sujeitar a sua vontade à vontade mais sábia do pai ou da mãe. CI 145 3 Deve a mãe conservar-se sob domínio perfeito, não fazendo coisa alguma que desperte na criança espírito de desafio. Não deve ela dar ordens em voz alterada. Muito lucrará com manter a voz em tom suave e agradável. Deve tratar a criança de forma que a atraia para Jesus. Deve reconhecer que Deus é seu Auxiliador; e o amor, seu poder. CI 145 4 Como uma cristã sábia não tenta forçar a criança a sujeitar-se. Ora ardentemente para que o inimigo não alcance a vitória e, ao orar, está consciente de um reavivamento da vida espiritual. Vê que o mesmo poder que nela opera, também atua no filho. Ele se torna mais afável, mais dócil. A batalha está ganha. Sua paciência e bondade, suas palavras de sábia restrição, realizaram a obra desejada. Depois do temporal vem a bonança, como, após a chuva, o brilho do Sol. E os anjos, que estiveram a observar a cena, rompem em cânticos de júbilo. CI 145 5 Essas crises ocorrem também na vida de marido e mulher, que a menos que dominados pelo Espírito de Deus, manifestarão nessas ocasiões o espírito impulsivo, irrefletido, tantas vezes manifestado pelas crianças. Como pedra contra pedra, será o conflito de uma vontade contra a outra. -- Testimonies for the Church 7:47, 48. ------------------------Capítulo 24 -- Pais cristãos CI 146 1 Ao cumprir fielmente seu dever em casa, o pai como sacerdote da família, a mãe como sua missionária, estarão multiplicando as forças para fazer o bem fora do lar. Ao aproveitar suas faculdades, se tornarão mais capacitados para trabalhar na igreja e vizinhança. Ligando os filhos a si e a Deus, os pais, as mães e os filhos tornam-se coobreiros de Deus. -- Testimonies for the Church 7:67. CI 146 2 A santidade da obra da mãe -- A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor. CI 146 3 A esposa e mãe não deve sacrificar sua força e permitir fiquem inativas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido -- deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os aspectos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal juiz da nação. CI 146 4 O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Ela tem em seu poder o modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais alta, imortal. Um anjo não desejaria missão mais elevada; pois em fazendo sua obra ela está realizando serviço para Deus. Compreenda ela tão-somente o elevado caráter de sua tarefa, e isto lhe inspirará coragem. Compreenda ela a dignidade de sua obra e tome toda a armadura de Deus, para que possa resistir a tentação de conformar-se aos padrões do mundo. Sua obra é para o tempo e a eternidade. [...] CI 146 5 Quando homens casados vão para o trabalho, deixando suas esposas presidindo aos cuidados da casa, elas estão fazendo um serviço tão importante como o marido. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra [...] é sagrada e importante. O marido, lá fora, pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome junto com o dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem. [...] CI 147 1 O mundo está repleto de influências corruptoras. A moda e os costumes exercem um forte poder sobre os jovens. Se a mãe falta em seu dever de instruir, guiar e restringir, seus filhos naturalmente aceitarão o mal, e se desviarão do bem. Que toda a mãe vá muitas vezes ao seu Salvador com a oração: "Ensina-nos, o que faremos pela criança?" Atenda ela à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e ser-lhe-á dada sabedoria conforme a necessitar. [...] CI 147 2 Que toda a mãe sinta serem inapreciáveis os seus momentos; sua obra será provada no dia solene do ajuste de contas. Achar-se-á então que muitos dos fracassos e crimes de homens e mulheres, resultaram da ignorância ou negligência daquelas cujo dever era guiar seus pés infantis no caminho direito. Ver-se-á então que muitos que têm abençoado o mundo com a luz da inteligência, da verdade ou da santidade, devem os princípios fundamentais de sua influência e êxito a uma mãe cristã que orava. CI 147 3 O poder da mãe para o bem -- A esfera de atividade da mãe pode ser humilde; mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra. [...] CI 147 4 A mãe cristã deve estar amplamente desperta para discernir os perigos que cercam seu filho. Guardará sua própria alma em atmosfera pura e santa; regulará seu temperamento e princípios pela Palavra de Deus e cumprirá fielmente seu dever, vivendo acima de mesquinhas tentações que sempre a assaltarão. [...] CI 147 5 A percepção das crianças é viva, e elas discernem o tom amorável e paciente da ordem imperiosa e impaciente que seca o orvalho do amor e afeição no coração dos filhos. A verdadeira mãe cristã não afastará de sua presença os seus filhos pela impaciência e falta de compreensivo amor. [...] CI 147 6 Mães, alertai-vos para o fato de que vossa influência e exemplo estão afetando o caráter e o destino de vossos filhos; e em vista de vossa responsabilidade, desenvolvei uma mente bem equilibrada e um caráter puro, que reflitam unicamente o verdadeiro, o bom e o belo. [...] CI 147 7 Muitíssimos esposos e filhos que nada consideram atrativo no lar, que continuamente são postos em face de rabugices e murmuração, procuram conforto e diversão fora do lar, nos bares ou em lugares de prazeres proibidos. A esposa e mãe, ocupada com os cuidados do lar, freqüentemente se descuida das pequenas atenções que fazem o lar um lugar de satisfação para o marido e para os filhos, mesmo que ela evite demorar-se em suas peculiares atribulações e dificuldades na presença deles. Enquanto ela está ocupada no preparo do que comer ou do que vestir, o marido e os filhos entram e saem como estranhos. [...] CI 148 1 Se as mães se permitem usar no lar vestidos em desalinho, estarão ensinando os filhos a se apresentarem assim igualmente desleixados. Muitas mães pensam que no lar qualquer roupa serve, esteja embora puída e encardida. Mas logo perdem sua influência na família. Os filhos estabelecem comparação entre o vestuário de sua mãe e o de outras que se vestem com distinção, e seu respeito por ela diminui. -- O Lar Adventista, 231, 232, 235, 237, 239-243, 249, 253, 254. CI 148 2 A verdadeira esposa e mãe [...] executará suas tarefas com dignidade e alegria, não considerando degradante fazer com suas próprias mãos o que é necessário fazer para um lar bem ordenado. -- O Lar Adventista, 244. CI 148 3 O cabeça da família deve imitar a Cristo -- Todos os membros da família se centralizam no pai. Ele é o legislador, ilustrando na própria varonilidade as importantes virtudes: energia, integridade, honestidade, paciência, coragem, diligência e prestatividade. O pai é em certo sentido o sacerdote da família, apresentando ante o altar de Deus o sacrifício da manhã e da tarde. A esposa e os filhos devem ser encorajados a unir-se nesta oferenda e também a participar dos cânticos de louvor. De manhã e de tarde o pai, como sacerdote da família, deve confessar a Deus os pecados cometidos por ele mesmo e pelos seus filhos durante o dia. Tanto os pecados de que se tem conhecimento, como aqueles que são secretos e que só Deus conhece devem ser confessados. Esse procedimento, zelosamente seguido pelo pai quando presente, ou pela mãe quando o pai está ausente, resultará em bênçãos sobre a família. [...] CI 148 4 Ao homem que é esposo e pai, eu diria: Estai certo de que uma atmosfera pura e santa circunde vossa alma. [...] Deveis aprender diariamente de Cristo. Nunca, nunca deveis mostrar espírito tirânico no lar. O homem que assim procede está trabalhando em parceria com agentes satânicas. Levai vossa vontade em submissão à vontade de Deus. Fazei tudo que estiver em vosso poder para tornar a vida de vossa esposa aprazível e feliz. Tomai a Palavra de Deus como vossa conselheira. No lar vivei os ensinos da Palavra. Então havereis de vivê-los na igreja e os levareis convosco ao trabalho. Os princípios do Céu enobrecerão vossas transações. Anjos de Deus cooperarão convosco, ajudando-vos a revelar Cristo ao mundo. CI 148 5 Não permitais que a agitação de vossos negócios leve trevas a vossa vida no lar. Se, ao ocorrerem pequenas coisas não exatamente como desejáveis, deixais de revelar paciência, longanimidade, amor e bondade, mostrais que não tendes escolhido como companheiro Aquele que tanto vos amou que deu a vida por vós, para que possais ser um com Ele. [...] CI 149 1 Não é evidência de varonilidade demorar-se o esposo constantemente no fato de ser a cabeça da família. Não se lhe acrescenta respeito ser ouvido a citar as Escrituras a fim de sustentar seus reclamos de autoridade. Ele não se faz mais varonil por exigir de sua esposa, a mãe de seus filhos, que aceite os seus planos como se eles fossem infalíveis. O Senhor constituiu o marido como a cabeça da mulher, para ser-lhe protetor, o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma que Cristo é a cabeça da igreja, e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que alega amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão: assim exerça o esposo seu poder e imite a grande Cabeça da igreja. [...] CI 149 2 Os pais devem atuar de comum acordo para a salvação de seus filhos -- Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. -- O Lar Adventista, 212-215, 233. CI 149 3 O dever do pai para com seus filhos não pode ser transferido à mãe. Se ela cumpre o seu dever, já tem trabalho bastante. Unicamente trabalhando unidos podem pai e mãe dar desempenho à tarefa que Deus lhes pôs nas mãos. CI 149 4 O pai não deve omitir-se de sua parte na obra de educar os filhos para a vida e imortalidade. Ele deve participar das responsabilidades. Há obrigações para ambos, pai e mãe. Pai e mãe devem manifestar respeito mútuo, se quiserem ver essas qualidades desenvolvidas em seus filhos. [...] CI 149 5 O pai de meninos deve entrar em contato íntimo com seus filhos, dando-lhes o benefício de sua grande experiência, e falando com eles com tal simplicidade e ternura que os ligue ao seu coração. Deve deixá-los ver que ele tem em vista em todo o tempo, o maior interesse e felicidade deles. CI 149 6 Aquele que tem uma família de rapazes deve compreender que, seja qual for sua profissão, jamais deve negligenciar as almas postas sob seus cuidados. Ele pôs esses filhos no mundo, e tornou-se responsável diante de Deus a tudo fazer para desviá-los de associações não santificadas, de más companhias. Não deve deixar seus inquietos rapazes inteiramente aos cuidados da mãe. Este é um fardo por demais pesado para ela. Ele deve dispor as coisas de modo que favoreça os melhores interesses da mãe e dos filhos. Pode ser muito difícil para a mãe exercitar auto controle e atuar com sabedoria na educação dos filhos. Se este é o caso, o pai deve sentir mais o peso em sua alma. Deve estar determinado a fazer os mais decididos esforços para salvar seus filhos. -- O Lar Adventista, 216, 220, 221. CI 150 1 Conselhos quanto ao número de filhos -- Os filhos são a herança do Senhor e Lhe somos responsáveis pela administração de Sua propriedade. [...] Trabalhem igualmente os pais para a família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor". Isaías 8:18. [...] CI 150 2 Deus deseja que os pais ajam como seres racionais e vivam de maneira que cada filho possa ser devidamente educado, a fim de que a mãe tenha força e tempo para empregar suas faculdades mentais para disciplinar os pequenos para a associação com os anjos. Ela deve ter coragem de desempenhar nobremente sua parte e fazer sua obra no temor e amor de Deus, a fim de que seus filhos se mostrem uma bênção para a família e para a sociedade. CI 150 3 O esposo e pai deve considerar todas estas coisas, não venha a esposa e mãe de seus filhos a ser sobrecarregada e oprimida com o desânimo. Deve ele cuidar que a mãe de seus filhos não seja colocada em posição de não poder cuidar devidamente de seus numerosos pequenos, vindo a crescerem sem a educação apropriada. -- O Lar Adventista, 159, 163. CI 150 4 Há pais que, sem considerarem se podem ou não sustentar uma grande família, enchem a casa com esses pequenos seres desajudados, que dependem inteiramente dos pais para instrução e cuidado. [...] Isto é um grave erro, não apenas para com a mãe, mas também para com os filhos e a sociedade. [...] CI 150 5 Uma criança nos braços da mãe cada ano é para esta grande injustiça. Isto debilita, e não raro destrói, o prazer social e aumenta as misérias domésticas. Rouba aos filhos aquele cuidado, educação e felicidade que os pais sentem dever propiciar-lhes. [...] CI 150 6 Devem [os pais] considerar com calma que provisões podem ser feitas para os filhos. Não têm direito de os porem no mundo para serem uma carga aos outros. -- O Lar Adventista, 162-164. CI 150 7 Quão pouco é o destino da criança considerado! A satisfação da paixão é o único pensamento, e cargas são impostas à esposa e mãe, que lhe minam a vitalidade e paralisam a faculdade espiritual. Com a saúde enfraquecida e o espírito desencorajado ela se cerca de um pequeno rebanho do qual não pode cuidar como devia. Faltando-lhes a instrução que deviam ter, eles crescem para desonrar a Deus e comunicar a outros os males de sua própria natureza, e assim se forma um exército que Satanás maneja como bem entende. -- O Lar Adventista, 162, 163. ------------------------Capítulo 25 -- O lar cristão CI 151 1 Ao escolhermos uma residência, Deus quer que consideremos antes de tudo as influências morais e religiosas que nos rodearão, a nós e a nossas famílias. [...] Ao procurar-se a localização para um lar, permita-se que este propósito dirija a escolha. Não sejais dominados pelo desejo da riqueza, pelos ditames da moda ou os costumes da sociedade. Considerai o que melhor contribuirá para a simplicidade, pureza, saúde e valor real. [...] CI 151 2 Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaça das cidades, e aspirai o ar celestial e revigorador. [...] CI 151 3 É chegado o tempo em que, conforme Deus abra o caminho, devem as famílias mudar-se para fora das cidades. Os filhos devem ser levados para o campo. Devem os pais procurar um lugar apropriado quanto seus recursos o permitam. Embora a casa possa ser pequena, haja contudo terra suficiente para que possa ser cultivada. [...] CI 151 4 Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável são reis e rainhas. [...] CI 151 5 Sendo possível, a casa deve ser fora da cidade, onde as crianças possam ter terreno para cultivar. Tenha cada uma delas um pedaço de terreno para si; e, ao lhes ensinardes a fazer uma horta, a preparar o terreno para a sementeira, e a importância de arrancar toda planta daninha, ensinai-lhes também quão importante é excluir da vida todo costume feio e prejudicial. Ensinai-os a combater os maus hábitos, assim como fazem às plantas daninhas na horta. Levará tempo para se ensinarem estas lições, mas valerá a pena e muito. -- O Lar Adventista, 131, 132, 139, 141, 146. CI 151 6 Nas profundezas da Terra há bênçãos ocultas para os que têm coragem, disposição e perseverança para ajuntar seus tesouros. [...] Muitos agricultores têm falhado em arrancar do solo adequado lucro porque empreendem o trabalho como se ele fosse ocupação degradante; não vêem que há nele uma bênção para si e suas famílias. [...] CI 151 7 Os pais estão na obrigação perante Deus, de tornar os arredores do lar uma representação da verdade que professam. Podem então dar lições corretas a seus filhos, e estes aprenderão a associar o lar terreno com o celestial. A família aqui precisa, tanto quanto possível, ser um modelo da família do Céu. Então a tentação de condescender com o que é baixo e vil perderá muito de sua força. Os filhos devem ser ensinados que são apenas aspirantes aqui, e ser educados para se tornarem habitantes das mansões que Cristo está preparando para os que O amam e guardam os Seus mandamentos. Esta é a mais alta tarefa que os pais têm de desempenhar. [...] CI 152 1 Tanto quanto possível, os prédios destinados a servir de morada devem ser situados em terreno alto e enxuto. Isto garantirá um lugar seco. [...] Este assunto é com demasiada freqüência considerado muito levemente. Constante má saúde, moléstias sérias e muitas mortes, são o resultado da umidade e da malária de sítios baixos e com deficiente escoamento. CI 152 2 Na construção de casas é de especial importância assegurar perfeita ventilação e abundância de sol. Haja uma corrente de ar e quantidade de luz em cada aposento da casa. Os quartos de dormir devem ser colocados de maneira a terem franca circulação de ar dia e noite. Nenhum aposento é apropriado para servir de dormitório, a menos que possa ser completamente aberto todos os dias ao ar e ao sol. [...] CI 152 3 Um quintal embelezado com árvores e alguns arbustos, a conveniente distância da casa, tem uma influência salutar sobre a família, e, se bem cuidado, se mostrará benéfico à saúde. Mas árvores de sombra e arbustos cerrados e densos ao redor da casa a tornam insalubre, pois impedem a livre circulação do ar e os raios do Sol. Em conseqüência, a umidade toma conta da casa, especialmente nas estações chuvosas. -- O Lar Adventista, 142, 146, 148, 149. CI 152 4 Os móveis devem ser simples e baratos -- Mobiliai vossa casa com móveis simples, com coisas que se possam manusear livremente, limpar com facilidade e substituir sem grande dispêndio. Com bom gosto, podeis tornar um lar simples atrativo e aprazível, se aí residirem o amor e o contentamento. CI 152 5 A felicidade não se encontra em exibição vazia. Quanto mais simples a ordem de uma casa bem organizada, mais feliz será o lar. [...] Não se requer um ambiente custoso e um mobiliário de alto preço para tornar contentes e felizes os filhos no lar, mas é necessário que os pais lhes dediquem terno amor e cuidadosa atenção. -- O Lar Adventista, 150, 154, 155. CI 152 6 Sempre estais na obrigação diante de Deus de ser modelos de correção no lar. Lembrai-vos de que no Céu não há desordem, e que vosso lar deve ser um Céu aqui embaixo. Lembrai-vos de que ao fazerdes fielmente dia a dia as pequenas coisas que devem ser feitas no lar, sois colaboradores de Deus, aperfeiçoando um caráter cristão. CI 152 7 Tende em mente, pais, que estais trabalhando para a salvação de vossos filhos. Se vossos hábitos forem corretos, se revelardes correção e ordem, virtude e justiça, santificação do corpo, da alma e do espírito, correspondereis às palavras do Redentor: "Vós sois a luz do mundo". Mateus 5:14. [...] CI 153 1 Ensinai cedo às crianças a cuidarem da roupa. Tenham elas um lugar para pôr as coisas e sejam ensinadas a dobrar cuidadosamente cada artigo e pô-lo em seu lugar. Se não podeis ao menos ter uma cômoda barata, usai um caixote de madeira, arrumando-o com prateleiras e cobrindo-o com algum pano vivo e estampado. Essa obra de ensinar esmero e ordem tomará um pouco de tempo cada dia, mas recompensará no futuro de vossos filhos, e no fim poupar-vos-á muito tempo e cuidado. -- Orientação da Criança, 110, 111. CI 153 2 Alguns pais permitem aos filhos serem destruidores, usar como brinquedo coisas que eles não têm o direito de tocar. Deve-se ensinar às crianças que elas não devem mexer nas coisas que pertencem aos outros. Para o conforto e felicidade da família, devem aprender a observar as regras de propriedade. As crianças não são mais felizes quando se lhes permite pegar em tudo que vêem. Se não forem ensinadas a ser cuidadosas, crescerão com traços de caráter desagradáveis e destruidores. CI 153 3 Não deis às crianças brinquedos que facilmente se quebrem. Fazer isso corresponde a dar lições de destruição. Tenham elas alguns brinquedos, e que sejam fortes e duráveis. Tais sugestões, por pequenas que possam parecer, significam muito na educação da criança. -- Orientação da Criança, 101, 102. ------------------------Capítulo 26 -- Influência espiritual no lar CI 154 1 Podemos ter a salvação de Deus em nossa família; mas devemos para isso crer, por ela viver, e ter uma contínua e persistente fé e confiança em Deus. [...] A restrição que a Palavra de Deus nos impõe visa nosso próprio interesse. Aumenta a felicidade de nossa família e a de todos os que nos cercam. Refina-nos o gosto, santifica-nos o juízo e traz paz de espírito, e, afinal, a vida eterna. [...] Os anjos ministradores de Deus demorar-se-ão em nossa habitação, e com alegria levarão ao Céu as novas de nosso avanço na vida divina, e o anjo relator fará um relatório alegre e feliz. CI 154 2 O Espírito de Cristo será uma influência permanente na vida do lar. Se os homens e mulheres abrirem o coração à influência celestial da verdade e do amor, esses princípios novamente brotarão como correntes no deserto, a tudo refrescando e fazendo com que a frescura apareça onde agora há aridez e escassez. -- Orientação da Criança, 484. CI 154 3 A negligência do dever de educar os filhos e cultivar a piedade na família é completamente desagradável a Deus. Se um de seus filhos estivesse em risco iminente de afogar-se, que alvoroço isso determinaria! Quantos esforços se empenhariam, quanta prece se faria e que atividade se desenvolveria, a fim de salvar-lhe a vida! Mas aí estão seus filhos, sem Cristo e sem a salvação. É possível que, pela sua rispidez e falta de educação, sejam até uma vergonha para a causa adventista. Estão em risco de se perderem, vivendo sem esperança e sem Deus no mundo, e vocês continuam descuidosos e indiferentes. [...] CI 154 4 Satanás faz esforços para afastar os homens de Deus, e é sempre bem-sucedido nesse propósito quando consegue absorver a sua atenção de modo que não tomem tempo para ler a Bíblia, orar particularmente e oferecer seus sacrifícios de ações de graça e louvor de manhã e à tarde sobre o altar de família. Quão poucos reconhecem as estratégias do arquienganador! Quantos lhe ignoram as tramas! -- Testimonies for the Church 5:424, 426. CI 154 5 O culto matutino e o vespertino -- Pais e mães: Cada manhã e noite, reúnam os filhos ao redor de si, e com humilde petição elevem a Deus o coração, suplicando-Lhe auxílio. Seus queridos acham-se expostos à tentação. Contratempos diários atravessam o caminho dos jovens e idosos. Os que quiserem viver vida paciente, amorosa e alegre, precisam orar. Só recebendo auxílio constante de Deus, poderemos alcançar a vitória sobre o próprio eu. -- Testimonies for the Church 7:44. CI 155 1 Se já houve tempo em que toda casa deveria ser uma casa de oração, agora é esse tempo. Prevalecem a incredulidade e o ceticismo. Predomina a iniqüidade. A corrupção penetra nas correntes vitais da alma, e irrompe na vida a rebelião contra Deus. Escravas do pecado, as faculdades morais estão sob a tirania de Satanás. A alma torna-se o joguete de suas tentações; e a menos que se estenda um braço poderoso para o salvar, o homem passa a ser dirigido pelo arqui-rebelde. CI 155 2 Contudo, neste tempo de terrível perigo, alguns que professam ser cristãos não celebram culto doméstico. Não honram a Deus no lar; não ensinam os filhos a amá-Lo e temê-Lo. Muitos se afastaram tanto dEle que se sentem sob condenação ao dEle se aproximar. Não podem chegar-se "com confiança ao trono da graça" (Hebreus 4:16), "levantando mãos santas, sem ira nem contenda". 1 Timóteo 2:8. Não desfrutam viva comunhão com Deus. Têm a forma de piedade, sem o poder. CI 155 3 A idéia de que a oração não seja essencial é uma das mais bem-sucedidas armadilhas de Satanás para destruir almas. Oração é comunhão com Deus, a Fonte da sabedoria, o manancial de poder, paz e felicidade. Jesus orava ao Pai "com grande clamor e lágrimas". Hebreus 5:7. Paulo exorta os crentes a orarem "sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17), fazendo em tudo conhecidos os seus pedidos a Deus, em orações e súplicas, com ações de graças. "Orai uns pelos outros", diz Tiago; "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos". Tiago 5:16. CI 155 4 Pela sincera e fervorosa oração devem os pais construir um muro em torno dos filhos. Devem suplicar, com plena fé, que Deus entre eles habite, e santos anjos os guardem, a eles e aos filhos, do poder cruel de Satanás. CI 155 5 Em cada família deve haver um tempo determinado para os cultos matutino e vespertino. Quão apropriado é reunirem os pais em redor de si aos filhos, antes de quebrar o jejum, agradecer ao Pai celestial Sua proteção durante a noite e pedir-Lhe auxílio, guia e proteção para o dia! Quão adequado, também, em chegando a noite, é reunirem-se uma vez mais em Sua presença, pais e filhos, para agradecer as bênçãos do dia findo! [...] CI 155 6 Cada manhã, consagrem-se a Deus, juntamente com seus filhos. Não façam cálculos para meses ou anos; eles não lhes pertencem. Um curto dia é o que lhes é dado. Como se fosse esse seu último dia na Terra, trabalhem para o Mestre durante as suas horas. Deponham perante Deus todos os planos, para serem executados ou rejeitados, conforme o indique a Sua providência. Aceitem os Seus planos, mesmo quando sua aceitação exija a renúncia de projetos acariciados. Assim a vida será moldada cada vez mais segundo o modelo divino; e "a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus". Filipenses 4:7. -- Testimonies for the Church 7:42-44. CI 156 1 O pai e, em sua ausência, a mãe, deve dirigir o culto, buscando um trecho das Escrituras que seja interessante e de fácil compreensão. Convém que o culto seja breve. Se for lido um capítulo extenso e feita uma oração longa, o culto torna-se cansativo e, ao terminar, tem-se sensação de alívio. Deus é desonrado quando a hora da adoração se torna insípida e enfadonha, quando é tão tediosa, tão destituída de interesse que as crianças lhe têm horror. CI 156 2 Pais e mães, tornem a hora do culto intensamente interessante. Não há razão para que essa hora não deva ser a mais agradável e jubilosa do dia. Com um pouco de preparo, será possível torná-la cheia de interesse e proveito. De tempos a tempos, deve ser introduzida alguma mudança. Podem-se formular perguntas sobre a porção lida e fazer algumas adequadas e oportunas observações. Pode-se cantar um hino de louvor. A oração feita deve ser breve e concisa. Com palavras simples e fervorosas, a pessoa que faz a oração louve a Deus por Sua bondade e peça-Lhe auxílio. Tomem parte as crianças na leitura e na oração, quando o permitirem as circunstâncias. CI 156 3 A eternidade revelará quanto bem resultou desses períodos de oração. -- Testimonies for the Church 7:43, 44. ------------------------Capítulo 27 -- Economia no lar CI 157 1 O Senhor gostaria que Seu povo fosse previdente e cuidadoso. Gostaria que praticassem a economia em tudo, e nada desperdiçassem. -- O Lar Adventista, 383. CI 157 2 Deves procurar saber quando poupar e quando gastar. Não podemos ser seguidores de Cristo a menos que neguemos o eu e exaltemos a cruz. Devemos pagar honesta e pontualmente; pega os pontos caídos; conserta o fio corrido e sabe exatamente o que pode ser chamado propriamente teu. Deves cortar todos pequenos valores gastos para a satisfação própria. Deves anotar o que é usado simplesmente para satisfazer o gosto e cultivar um apetite pervertido, epicurista. O dinheiro gasto em guloseimas inúteis pode ser usado para acrescentar confortos e utilidades substanciais a teu lar. Não deves ser avarento, mas honesto contigo mesmo e com teus irmãos. A avareza é um abuso das beneficências de Deus. O esbanjamento é também um abuso. Os pequenos desperdícios que julgas indignos de considerar entram no cômputo final. [...] CI 157 3 Quando fordes tentados a gastar dinheiro em bugigangas, deveis lembrar a abnegação e o sacrifício de Cristo para salvar o homem caído. Nossos filhos devem ser ensinados a praticar abnegação e domínio próprio. A razão por que tantos pastores sentem que têm muitas dificuldades financeiras é que não contêm os seus gostos, apetites e inclinações. A razão por que muitos homens vão a bancarrota, e desonestamente se apropriam do alheio, é que procuram satisfazer aos gostos extravagantes da esposa e dos filhos. Quão cuidadosos deviam ser os pais e mães em ensinar aos filhos a economia por preceito e exemplo! [...] CI 157 4 Não é a melhor coisa aparentar ser ricos, ou algo acima do que somos na verdade: humildes seguidores do manso e humilde Salvador. Não nos devemos sentir perturbados se nossos vizinhos constroem suas casas e as mobiliam de tal forma que não somos autorizados a acompanhar. Como será que Jesus considera nossa provisão egoísta para a satisfação do apetite, para deleitar nossos hóspedes ou para satisfazer nossa própria inclinação! Torna-se um laço para nós procurarmos fazer ostentação ou permitir a nossos filhos, que estão sob nosso domínio, que o façam. -- O Lar Adventista, 379, 380, 382-384. CI 157 5 Coisa alguma que possa ser utilizada deve ser lançada fora. Isso exigirá sabedoria, premeditação e cuidado constante. Foi-me apresentado que a incapacidade para economizar nas coisas pequenas é uma das razões de muitas famílias sofrerem a falta das coisas necessárias da vida. -- Orientação da Criança, 135. CI 158 1 "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma" -- Muitas famílias são pobres porque gastam o dinheiro logo que o recebem. [...] CI 158 2 Gastar e usar o dinheiro para qualquer fim, antes que o mesmo seja ganho, é uma armadilha. -- O Lar Adventista, 392. CI 158 3 O mundo tem direito de esperar estrita integridade dos que professam ser cristãos. Pela indiferença de um homem quanto a pagar suas justas dívidas, todo o nosso povo está em risco de ser considerado indigno de confiança. [...] CI 158 4 Os que têm qualquer pretensão à piedade, devem adornar a doutrina que professam, e não dar ocasião de que a verdade seja ultrajada em virtude de seu procedimento precipitado. "A ninguém devais coisa alguma" (Romanos 13:8), diz o apóstolo. -- Testimonies for the Church 5:179, 181. CI 158 5 Muitos, muitíssimos, não se têm educado o bastante para manter suas despesas nos limites de seus rendimentos. Não aprendem a ajustar-se a circunstâncias, e tomam e tornam a tomar empréstimos, sobrecarregando-se de débitos, e conseqüentemente ficam desencorajados. [...] CI 158 6 Deveis considerar que uma pessoa não deve dirigir seus negócios de molde a incorrer em dívida. [...] Quando alguém se envolve com dívidas, caiu na rede que Satanás prepara para as almas. [...] CI 158 7 Decida nunca incorrer em outro débito. Nega-te mil e uma coisas antes de entrar em outra dívida. Essa tem sido a maldição de tua vida: entrar em dívida. Evita-a, como evitarias a varíola. -- O Lar Adventista, 374, 392, 393. CI 158 8 Cortar o essencial não é economia -- Deus não é honrado quando o corpo é negligenciado ou maltratado, ficando assim incapacitado para Seu serviço. Cuidar do corpo, proporcionando-lhe comida saborosa e revigorante, é um dos principais deveres dos pais de família. É muito melhor usar roupas e mobília menos caras do que restringir a provisão de alimento. CI 158 9 Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isso não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família. CI 158 10 Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. -- A Ciência do Bom Viver, 322, 323. CI 158 11 Economia não significa mesquinhez, mas prudente dispêndio de recursos, porque há grande obra a ser feita. [...] CI 158 12 Deus não requer que Seu povo se prive do que é realmente necessário a sua saúde e conforto, mas não aprova a dissipação, extravagância e exibicionismo. -- O Lar Adventista, 378, 379. CI 159 1 Os pais têm o dever de ensinar a seus filhos -- Ensinai a vossos filhos que Deus tem reivindicações sobre todas as suas posses e que nada jamais as poderá cancelar. Tudo que têm lhes pertence apenas em confiança; para provar se serão obedientes. O dinheiro é um tesouro necessário; não seja ele dissipado com os que dele não necessitam. Alguém necessita de vossas dádivas voluntárias. [...] Se tiverdes hábitos extravagantes, extirpai-os da vida o mais breve possível. A menos que o façais, estareis falidos para a eternidade. -- Orientação da Criança, 134. CI 159 2 A natural inclinação da juventude nesta época é negligenciar e desprezar a economia, e confundi-la com a avareza e a mesquinhez. Mas a economia é coerente com os pontos de vista e sentimentos mais francos e liberais; não pode haver verdadeira generosidade onde ela não é praticada. Ninguém deve pensar que o rebaixa estudar economia e os melhores meios de tomar cuidado com as migalhas. -- Testimonies for the Church 5:400. CI 159 3 Que se ensine cada jovem e criança não simplesmente a resolver problemas imaginários, mas fazer com precisão as contas de seus próprios ganhos e gastos. Que aprendam o devido uso do dinheiro, usando-o. Quer seja suprido por seus pais, quer seja ganho por eles mesmos, aprendam os moços e as moças a escolher e comprar sua própria roupa, seus livros e outras coisas necessárias; e fazendo um registro de suas despesas aprenderão, como não o fariam de qualquer outra maneira, o valor e o uso do dinheiro. -- Conselhos Sobre Mordomia, 294. CI 159 4 Há o que se pode chamar ajuda insensata dada a nossos filhos. Os que fazem por conta própria o curso de estudos apreciam suas vantagens mais do que os que o fazem às expensas de outrem, pois sabem quanto lhes custa. Não devemos conduzir nossos filhos até que se tornem uma carga inútil. CI 159 5 Os pais compreendem mal seu dever quando voluntariamente dão dinheiro a qualquer jovem que tem força física para entrar num curso de estudos e tornar-se um pastor ou um médico, antes que tenha tido experiência em trabalho esforçado e útil. -- O Lar Adventista, 387. CI 159 6 Hábitos de condescendência egoísta, ou falta de tino e habilidade da parte da esposa e mãe, podem ser uma causa constante de escassez de fundos; e todavia essa mãe talvez julgue estar fazendo o melhor que pode, pois nunca foi ensinada a restringir suas necessidades e de seus filhos, e nunca adquiriu habilidade e tino nos negócios domésticos. Daí, uma família pode requerer para sua manutenção duas vezes tanto quanto bastaria para outra do mesmo tamanho. [...] CI 159 7 O Senhor foi servido apresentar perante mim os males que resultam dos hábitos de prodigalidade, a fim de que eu pudesse admoestar os pais a que ensinem a seus filhos a estrita economia. Ensinai-lhes que o dinheiro gasto naquilo de que não necessitam é desviado de seu uso legítimo. -- O Lar Adventista, 374, 375. CI 159 8 Conselhos sobre o uso do dinheiro -- Todos devem aprender a tomar notas de suas despesas. Alguns o negligenciam como não sendo coisa essencial; é um erro, porém. Todas as despesas devem ser anotadas com exatidão. [...] CI 160 1 Poderias ter hoje um capital para usar em caso de emergência e ajudar a causa de Deus, se tivesses economizado como devias. Cada semana uma parte de teu salário deve ser reservado e de maneira alguma tocado, salvo no caso de real necessidade para devolver ao Doador como oferta a Deus. [...] CI 160 2 Os recursos que tens conseguido não têm sido sábia e economicamente gastos, de maneira a deixar margem para, no caso de vires a ficar doente, não ficar tua família privada dos meios que trazes para o seu sustento. Tua família deve ter algo de que lançar mão no caso de seres levado a situação de dificuldades. -- O Lar Adventista, 374, 395, 396. CI 160 3 Deveis ajudar-vos mutuamente. Não consideres uma virtude amarrar bem amarrado o cordão da bolsa, recusando dar dinheiro a tua esposa. CI 160 4 Deves conceder a tua esposa certa soma semanalmente e deixá-la empregar esse dinheiro como bem entender. Não lhe tens dado oportunidade de exercer o seu tato ou gosto, porque não tens uma idéia exata da posição que uma esposa deve ocupar. Tua esposa tem um espírito excelente e bem equilibrado. CI 160 5 Dá a tua esposa uma parte do dinheiro que recebes. Permite que ela tenha esta parte como sua, e deixa-a usá-la como desejar. Devia ter-lhe sido permitido usar os recursos que ganhou como melhor parecesse ao seu juízo. Se ela tivesse tido certa soma para usar como lhe parecesse bem, sem ser criticada, grande peso teria sido tirado de sua mente. -- O Lar Adventista, 378. ------------------------Capítulo 28 -- Atividades familiares nos feriados e aniversários CI 161 1 Vi que nossos feriados não devem ser despendidos da maneira como o faz o mundo, embora não devam ser ignorados, pois isto causará insatisfação a nossos filhos. Nessas ocasiões em que há o perigo de nossos filhos serem expostos a más influências e se corromperem pelos prazeres e atrações do mundo, estudem os pais alguma coisa que possa tomar o lugar de divertimentos mais perigosos. Dai a entender a vossos filhos que tendes em vista o seu bem e felicidade. CI 161 2 Pela observância dos feriados tem o povo, tanto do mundo como das igrejas, sido educado na crença de que esses dias de indolência são essenciais para a saúde e a felicidade, mas os resultados revelam que estão repletos de males. CI 161 3 Temos procurado ardentemente tornar os feriados tão interessantes quanto possível a nossas crianças e jovens conquanto mudando esta ordem de coisas. Nosso objetivo tem sido conservá-los afastados das cenas de entretenimento entre os incrédulos. CI 161 4 Findo um dia de busca de prazer, onde está a satisfação da pessoa? Como obreiros cristãos, a quem ajudaram no sentido de uma vida melhor, mais alta e mais pura? Que veriam se pudessem olhar o registro escrito pelo anjo? Um dia perdido! Para sua própria alma um dia perdido, um dia perdido no serviço de Cristo, porque nenhum bem foi realizado. Eles podem ter outros dias, mas jamais esse dia passado em conversa tola e vulgar, entre rapazes e moças e vice-versa. CI 161 5 Nunca mais essas mesmas oportunidades se oferecerão de novo. Melhor teriam eles feito se se tivessem dedicado ao mais duro trabalho nesse feriado. Não fizeram de seu feriado uso correto, e ele passou para a eternidade para confrontar-se com eles no juízo como um dia mal gasto. -- O Lar Adventista, 472, 473. CI 161 6 A causa de Deus em primeiro lugar -- Não seria correto de nossa parte observar feriados para Deus, quando poderíamos reviver em nosso espírito a lembrança de Seu trato conosco? Não estaria correto considerar Suas bênçãos passadas, lembrar as impressivas advertências que nos têm chegado à alma, para que não esqueçamos a Deus? CI 161 7 O mundo tem muitos feriados, e os homens ficam absorvidos com esportes, corridas de cavalos, jogos de azar, fumo e bebida. [...] Não deveria o povo de Deus ter mais freqüentemente santas convocações em que agradecer a Deus Suas preciosas bênçãos? CI 162 1 Necessitamos na igreja de homens que tenham habilidade para desenvolver o setor de organizar e prover trabalho prático a rapazes e moças no sentido de aliviar as necessidades da humanidade e trabalhar pela salvação da alma de homens, mulheres, jovens e crianças. Não será possível a todos dar tempo integral à obra em virtude do trabalho que precisam fazer para ganhar o seu sustento diário. Todavia esses dispõem de seus feriados e ocasiões que podem devotar a trabalho cristão e a fazer o bem desta maneira se não podem dar muito de seus meios. CI 162 2 Quando tiverdes um feriado, tornai-o um dia agradável e feliz para as crianças, fazendo-o agradável também para os pobres e atribulados. Não permitais que o dia passe sem que leveis palavras e ofertas de gratidão a Jesus. -- O Lar Adventista, 475, 476. CI 162 3 Aniversários: ocasiões para louvar a Deus -- Na organização judaica era feita uma oferta a Deus por ocasião do nascimento de filhos, oferta pelo próprio Deus determinada. Agora vemos os pais fazendo esforços especiais para dar presentes aos filhos em seu aniversário; fazem disto uma ocasião para honrar a criança, como se a honra fosse devida ao ser humano. Satanás tem encontrado sua oportunidade nestas coisas; ele tem desviado as preocupações e os presentes para os seres humanos; assim os pensamentos das crianças se demoram nelas mesmas, como se se devessem tornar o objeto de especial favor. [...] CI 162 4 Por ocasião de aniversários devem os filhos ser ensinados que têm motivo para agradecer a Deus por Sua amorável bondade em lhes haver preservado a vida por mais um ano. Preciosas lições podem assim ser dadas. Pela vida, saúde, alimento e vestuário, não menos que pela vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as bênçãos; e deve-se reconhecer a Deus os Seus dons e apresentar nossas ofertas de gratidão ao nosso maior benfeitor. Essas ofertas natalícias são reconhecidas pelo Céu. CI 162 5 Ensinai-lhes a recapitular o passado ano de vida, de modo a considerar se se alegrarão em enfrentar esse registro tal como se encontra nos livros do Céu. Encorajai neles pensamentos sérios, se sua conduta, palavras e obras são de molde a agradar a Deus. Têm eles procurado tornar a vida mais semelhante à de Jesus, bela e amável à vista de Deus? Ensinai-lhes o conhecimento do Senhor, Seus caminhos e preceitos. CI 162 6 Tenho dito a minha família e meus amigos: É meu desejo que ninguém me dê presentes de aniversário ou de Natal, a não ser com a permissão de transferi-los ao tesouro do Senhor, para serem usados no estabelecimento de Missões. -- O Lar Adventista, 473, 474. ------------------------Capítulo 29 -- Recreação adequada CI 163 1 Os cristãos podem ter fontes de felicidade a sua disposição, podendo discernir com infalível exatidão quais sejam os prazeres lícitos e legítimos. Podem desfrutar daquelas recreações que não prejudiquem a mente ou rebaixem a alma, as que não tragam desapontamento nem deixem uma influência desoladora que venha mais tarde a destruir o respeito próprio ou a impedir o caminho da prestatividade. Se podem conservar consigo a Jesus e manter um espírito de oração estão perfeitamente a salvo. CI 163 2 Toda diversão em que vos puderdes empenhar pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que vos torna inaptos para a oração particular, para a devoção no altar da oração, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. CI 163 3 Somos daquela classe que crê ser nosso privilégio em cada dia de nossa vida glorificar a Deus na Terra; que não devemos viver neste mundo meramente para a nossa própria diversão, para meramente agradar-nos a nós mesmos. Aqui nos achamos para beneficiar a humanidade, e ser uma bênção para a sociedade; e se permitimos a mente soltar-se naquela corrente inferior em que giram os pensamentos dos que buscam simplesmente vaidade e extravagância, como podemos ser um benefício a nossa raça, a nossa geração? Como ser uma bênção à sociedade em volta de nós? Não podemos inocentemente condescender com qualquer diversão que nos inabilite ao mais fiel desempenho dos deveres usuais. [...] CI 163 4 Há muitas coisas que são boas em si mesmas, mas que pervertidas por Satanás, provam-se um laço para os desprevenidos. -- O Lar Adventista, 513, 514. CI 163 5 Mas é necessário haver grande temperança nas diversões, bem como em qualquer outra ocupação. E o caráter desses entretenimentos deve ser cuidadosa e cabalmente considerado. Todo jovem deve perguntar-se a si mesmo: Que efeito terão essas diversões na saúde física, mental e moral? Ficará meu espírito tão absorvido que me esqueça de Deus? Deixarei de ter em mente a Sua glória? -- O Lar Adventista, 512. CI 163 6 É privilégio e dever dos cristãos procurar refrigerar o espírito e revigorar o corpo mediante inocente recreação, com o intuito de empregar as energias físicas e mentais para a glória de Deus. Nossas recreações não devem ser cenas de insensata alegria, tomando a forma de uma insensatez. Podemos dirigi-las de maneira a beneficiar e elevar aqueles com quem nos associamos, habilitando-nos melhor, a nós e a eles, para atender com mais êxito aos deveres que sobre nós recaem como cristãos. [...] CI 164 1 O tempo despendido em exercícios físicos não é perdido. [...] O exercício proporcional de todos os órgãos e faculdades do corpo é essencial para o melhor trabalho de cada um. Quando o cérebro está constantemente sobrecarregado enquanto os outros órgãos da estrutura viva ficam inativos, há uma perda de força, tanto física como mental. O sistema físico é lesado em seu tono saudável, a mente perde seu frescor e vigor, e o resultado é uma agitação mórbida. [...] CI 164 2 Os que se acham empenhados em estudo, devem ter folga. A mente não deve estar continuamente submetida a uma intensa atividade, pois o delicado maquinismo mental vem a gastar-se. O corpo, da mesma maneira que a mente, precisa de exercício. -- O Lar Adventista, 493-495. CI 164 3 Recreação que pode ser aproveitada tanto pelo rico quanto pelo pobre -- Não se podem tornar os jovens tão quietos e sérios como as pessoas de idade; a criança tão sóbria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os professores ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não reprimam os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, mantende as rédeas do governo, guiando e regendo-lhes o espírito e desígnios, não obstante com tanta brandura, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam ainda terdes em vista seu máximo bem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 335. CI 164 4 Há modalidades de recreação grandemente benéficas tanto para a mente como para o corpo. A mente esclarecida e perspicaz encontrará abundantes meios de entretenimentos e diversão nas fontes não só inocentes, mas instrutivas. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na natureza serão do mais elevado benefício. -- Testimonies for the Church 4:653. CI 164 5 Nenhuma recreação apenas proveitosa a si mesmos se revelará uma bênção tão grande às crianças e jovens, como a que os faz úteis aos outros. Entusiastas e impressionáveis por natureza, são prontos a corresponder à sugestão. -- Educação, 212. CI 164 6 Deus proveu para cada qual prazeres que podem ser desfrutados por pobres e ricos igualmente: o prazer que se encontra em cultivar a pureza de pensamentos e a ação abnegada, o prazer que provém de falar palavras de simpatia e praticar atos de bondade. Dos que executam esse serviço, irradia a luz de Cristo para iluminar vidas obscurecidas por muitas mágoas. -- Testimonies for the Church 9:57. CI 164 7 Há quantidades de coisas necessárias e úteis para se fazer em nosso mundo que tornariam o exercício de entretenimento quase inteiramente desnecessário. Cérebro, ossos e músculos adquirirão solidez e força quando usados com propósito, em fazer o bem, em pensar com aplicação e imaginar planos que os levarão ao desenvolvimento das faculdades do intelecto e da força dos órgãos físicos, os quais levarão ao uso prático dos talentos dados por Deus com que poderão glorificá-Lo. -- O Lar Adventista, 509. CI 165 1 Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isto, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso. CI 165 2 Preocupam-me muito sempre os resultados quase inevitáveis que vêm na esteira dessa recreação. Eles levam a um gasto de meios que deviam ser aplicados em levar a luz da verdade às almas que estão perecendo sem Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão. -- O Lar Adventista, 499. CI 165 3 Amizades e hábitos corretos -- Os jovens que são colocados noutro convívio, podem fazer dele uma bênção ou maldição. Podem edificar, abençoar e fortalecer uns aos outros, melhorando em conduta, disposição e conhecimento; ou ao permitir se tornarem descuidosos e infiéis, poderão apenas exercer influência desmoralizadora. CI 165 4 Jesus será o ajudador de todos que depositam a sua confiança nEle. Aqueles que estão ligados a Cristo têm felicidade à sua disposição. Seguem o caminho onde o seu Salvador conduz, por Sua causa crucificam o eu, com as afeições e concupiscências. Essas pessoas edificaram suas esperanças em Cristo, e as tempestades da Terra são impotentes para arrebatá-las do fundamento seguro. CI 165 5 Depende de vocês, jovens moços e moças, se tornarem pessoas de confiança, integridade e verdadeira utilidade. Devem estar prontos e resolutos para assumirem posição pelo que é correto, sob todas as circunstâncias. Não podemos levar nossos hábitos errados conosco para o Céu, e a menos que os vençamos aqui, ele nos fecharão a habitação dos justos. Os hábitos maus, quando encontram oposição, oferecem a mais vigorosa resistência; mas se a luta é mantida com energia e perseverança, eles podem ser vencidos. CI 165 6 A fim de formar hábitos corretos, devemos buscar a companhia de pessoas de moral íntegra e influência religiosa. -- Testimonies for the Church 4:655. CI 165 7 Fosse a juventude persuadida a associar-se com os puros, os sensatos e amáveis, muito salutar seria o efeito. Caso se escolham companheiros que temam ao Senhor, a influência induzirá à verdade, ao dever, à santidade. Uma vida verdadeiramente cristã é uma força para o bem. Por outro lado, porém, os que se associam com homens e mulheres de moral duvidosa, ou de maus costumes e princípios, dentro em breve estarão andando nos mesmos caminhos. As tendências do coração natural são descendentes. Os que convivem com os céticos tornar-se-ão em breve céticos também; os que preferem a companhia dos vis, com certeza tornar-se-ão vis por sua vez. Andar no "conselho dos ímpios" é o primeiro passo para deter-se "no caminho dos pecadores" e sentar-se "na roda dos escarnecedores". Salmos 1:1. CI 166 1 Ora, todos os que quiserem formar um caráter reto, escolham companheiros de uma séria e refletida disposição de espírito, e que tenham inclinação religiosa. Os que fizeram as contas, e desejam construir para a eternidade, devem pôr bom material nessa construção. Se aceitam vigas apodrecidas, se se contentam com as deficiências do caráter, o edifício está condenado à ruína. Cuidem todos na maneira por que edificam. A tempestade da tentação se abaterá sobre a casa, e a menos que ela esteja firme e fielmente construída, não resistirá à prova. CI 166 2 O bom nome é mais precioso do que o ouro. Há da parte dos jovens a tendência de se associarem com outros de espírito e moral inferiores. Que satisfação real pode uma pessoa jovem esperar da voluntária ligação com outras de baixa norma nas idéias, nos sentimentos e na conduta? Alguns têm gostos corrompidos e hábitos depravados, e todos quantos buscam tais companheiros seguir-lhes-ão o exemplo. -- Testimonies for the Church 4:587, 588. CI 166 3 Talvez não vejais nenhum perigo real em dar o primeiro passo na frivolidade e na busca do prazer, e penseis que quando vos aprouver mudar de atitude, sereis capazes de proceder corretamente com tanta facilidade como antes de vos entregardes ao mal. Engano. Pela escolha de maus companheiros, muitos têm sido passo a passo desviados do caminho da virtude aos abismos da desobediência e do desregramento em que, outrora, haveriam julgado impossível imergir. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 224. CI 166 4 Não penseis que Deus deseja que nos abstenhamos de tudo que é para nossa felicidade aqui. Tudo que Ele requer de nós é que deixemos aquilo que não é para nosso bem. -- O Lar Adventista, 502. CI 166 5 Repouso absoluto e divertimento -- Os rapazes devem lembrar-se de que são responsáveis por todos os privilégios que têm fruído, pelo aproveitamento do tempo, e pelo devido emprego de suas aptidões. Talvez indaguem: "Não teremos nenhum divertimento ou recreação? Havemos de trabalhar, trabalhar, trabalhar sem variação?" -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. CI 166 6 Uma mudança no trabalho físico que severamente esteja sobrecarregando as forças pode ser muito necessária por algum tempo, a fim de que possam de novo empenhar-se no trabalho, aplicando o vigor com maior sucesso. Mas repouso total pode não ser necessário, nem mesmo ser seguido dos melhores resultados no que respeita à força física. Eles não necessitam, mesmo quando esgotados com uma determinada espécie de trabalho, desperdiçar seus preciosos momentos. Devem procurar fazer então alguma coisa não tão cansativa, mas que seja uma bênção a sua mãe e irmãs. Aliviando-lhes os cuidados por tomar sobre si os mais duros encargos que elas têm de levar, podem eles encontrar aquele divertimento que brota do princípio e que lhes proporcionará a verdadeira felicidade. Seu tempo não será despendido em futilidades ou em condescendência egoísta. Seu tempo pode ser sempre empregado com proveito, e eles podem ser refrigerados com a variação, e não obstante estar remindo o tempo, de maneira que cada momento produza bom resultado a alguém. -- Testimonies for the Church 3:223. CI 167 1 Muitos afirmam que é necessário para a preservação da saúde física dedicar-se a entretenimento egoísta. É certo que se requer mudança para o melhor desenvolvimento do corpo, pois corpo e mente são refrigerados e revigorados pela variação; mas este objetivo não é alcançado pela participação de entretenimentos tolos, com negligência dos deveres diários que se requer os jovens realizem. -- O Lar Adventista, 508. CI 167 2 Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, do que as diversões teatrais. O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 334, 335. CI 167 3 A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e a moral são sacrificadas ao prazer. Para os que freqüentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembléia deles. Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem. -- Patriarcas e Profetas, 707. CI 167 4 Os jovens geralmente se conduzem como se as preciosas horas da graça, enquanto a miséria se estende, fossem um grande feriado e eles tivessem sido postos no mundo meramente para entretenimento próprio, para fruir uma contínua sucessão de incitamento. Satanás tem feito esforços especiais para induzi-los a buscar a felicidade em diversões mundanas, e justificar-se procurando mostrar que esses divertimentos são inofensivos, inocentes, e mesmo importantes para a conservação da saúde. -- Testimonies for the Church 1:501. CI 168 1 Muitos estão avidamente participando de prazeres mundanos, desmoralizantes, os quais a Palavra de Deus proíbe. Cortam assim sua ligação com Deus e se enfileiram entre os amantes dos prazeres do mundo. Os pecados que destruíram os antediluvianos e as cidades da planície prevalecem hoje -- não meramente em terras pagãs, não apenas entre os populares professos do cristianismo, mas mesmo entre os que afirmam estar aguardando a vinda do Filho do homem. Se Deus lhe apresentasse esses pecados como aparecem a Sua vista, você se encheria de vergonha e terror. -- Testimonies for the Church 5:218. CI 168 2 O desejo de agitação e aprazível entretenimento é uma tentação e uma cilada ao povo de Deus, e especialmente aos jovens. Satanás está continuamente arranjando engodos com que desviar a mente da solene obra de preparação para as cenas que se acham num próximo futuro. Por intermédio dos mundanos, entretém uma constante estimulação a fim de induzir os imprudentes a se unirem aos prazeres do mundo. Existem shows, conferências e uma ilimitada variedade de distrações destinadas a levar ao amor do mundo; e mediante esta união com ele a fé é enfraquecida. [...] CI 168 3 Deus não reconhece os caçadores de prazer como Seus seguidores. Unicamente os abnegados, os que vivem uma vida de sobriedade, humildade e santidade, são verdadeiros seguidores de Jesus. E esses não podem encontrar alegria nas frívolas e vazias conversações dos amantes do mundo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 325, 328. CI 168 4 Se verdadeiramente pertenceis a Cristo, tereis oportunidades de testificar em Seu favor. Sereis convidados a ir a lugares de diversões, e esta será uma oportunidade que tereis de testificar de vosso Senhor. Se fordes leais a Cristo então, não procurareis encontrar desculpas para não aceitar o convite, mas clara e modestamente declarareis que sois filhos de Deus, e vossos princípios não vos permitiriam estar num lugar, mesmo ocasional, onde não podeis convidar a presença de vosso Senhor. -- O Lar Adventista, 519. CI 168 5 Entre as associações dos seguidores de Cristo para recreação cristã e as reuniões para divertimento e prazeres mundanos se notará marcado contraste. Em vez de oração e menção de Cristo e de coisas sagradas, se ouvirão dos lábios dos mundanos risadas tolas e conversação frívola. Sua intenção é propiciar divertimento geral. Sua diversão começa com estultícia e termina em futilidade. -- O Lar Adventista, 512. ------------------------Capítulo 30 -- As portas que precisamos guardar CI 169 1 Todos devem vigiar os sentidos, do contrário Satanás alcançará vitória sobre eles; pois essas são as avenidas da alma. Deves tornar-te fiel sentinela de teus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiseres dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos te manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. CI 169 2 Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões, ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida. -- O Lar Adventista, 401. CI 169 3 Satanás não pode entrar na mente sem nosso consentimento -- Deus tomou providências para que não fôssemos tentados acima de nossa capacidade de resistir, mas que com cada tentação dará também um meio de escape. Se vivemos inteiramente para Deus, não permitiremos que a mente se demore em imaginações egoístas. CI 169 4 Se houver um meio qualquer pelo qual Satanás possa alcançar acesso à mente, ele semeará o seu joio e o fará crescer até que redunde em farta colheita. Em caso algum pode Satanás obter domínio sobre os pensamentos, palavras e ações, a menos que voluntariamente lhe abramos a porta e o convidemos a entrar. Ele entrará então, lançando fora a boa semente semeada no coração e tornando de nenhum efeito a verdade. [...] CI 169 5 É perigoso deter-nos a considerar as vantagens que poderemos colher em ceder às sugestões de Satanás. O pecado resulta em desonra e ruína para toda pessoa que com ele condescende; sua natureza, porém, é de molde a cegar e iludir, e nos enganará com lisonjeiras perspectivas. Caso nos aventuremos no terreno do inimigo, não temos nenhuma garantia de proteção contra o seu poder. Cumpre-nos, no que de nós depender, cerrar toda entrada pela qual ele possa encontrar acesso à alma. [...] CI 169 6 Todo cristão deve manter-se em guarda continuamente, vigiando cada entrada da alma por onde Satanás possa ganhar acesso. Ele precisa orar pedindo auxílio divino e ao mesmo tempo resistir resolutamente a cada inclinação ao pecado. Mediante coragem, fé, perseverante esforço, pode tornar-se um vitorioso. Mas lembre-se de que para alcançar a vitória Cristo precisa habitar nele e ele em Cristo. [...] CI 170 1 Devemos fazer todo o possível para pormos a nós mesmos e a nossos filhos em posição onde não vejamos a iniqüidade que é praticada no mundo. Devemos guardar cuidadosamente nossa capacidade de ver e de ouvir, para que essas coisas más não entrem em nossa mente. [...] Não procureis saber quão perto podeis andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitai a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Vosso capital é vosso caráter. Acariciai-o, como faríeis a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser acariciados firme e constantemente. Não deve haver um único afastamento da discrição; um ato de familiaridade, um deslize, podem pôr em perigo a alma, abrindo a porta da tentação, e tornar-se enfraquecido o poder de resistência. -- O Lar Adventista, 402-404. ------------------------Capítulo 31 -- A escolha da leitura CI 171 1 A educação não é senão um preparo das faculdades físicas, intelectuais e espirituais para o melhor cumprimento de todos os deveres da vida. Os poderes de resistência, e a força e atividade do cérebro são diminuídos ou aumentados pela maneira por que são empregados. A mente deve ser disciplinada de modo que todas as suas energias sejam simetricamente desenvolvidas. CI 171 2 Muitos jovens são ansiosos por livros. Desejam ler tudo quanto lhes seja possível obter. Cuidem eles com o que lêem bem como com o que ouvem. Fui instruída quanto a se acharem eles no maior risco de ser corrompidos por leitura imprópria. Satanás tem mil modos de desassossegar a mente dos jovens. Não podem com segurança estar nem um momento desapercebidos. Devem pôr uma guarda sobre o próprio espírito, a fim de não serem seduzidos pelas tentações do inimigo. -- Mensagens aos Jovens, 271. CI 171 3 A influência da leitura nociva -- Satanás sabe que, em alto grau, o espírito é afetado por aquilo de que se alimenta. Está tentando dirigir tanto os jovens como os de idade madura à leitura de romances, contos e outra literatura. Os leitores de tal literatura tornam-se incapazes para os deveres que têm pela frente. Vivem uma vida irreal, não sentindo desejo de buscar as Escrituras para se alimentar do maná celeste. A mente que necessita se robustecer é enfraquecida, perdendo o poder de estudar as grandes verdades relacionadas com a missão e obra de Cristo verdades que revigorariam a mente, despertariam a imaginação, ateando um forte e fervoroso desejo de vencer assim como Cristo venceu. CI 171 4 Pudesse grande parte dos livros publicados ser consumidos, e seria detida uma praga que está efetuando uma terrível obra sobre a mente e o coração. Histórias de amor, frívolos e excitantes contos, e mesmo a espécie de livros chamados de "romances de fundo moral" -- obras em que o autor liga a sua história uma lição moral -- são uma maldição para os leitores. Talvez sejam entremeados dos sentimentos religiosos em todo o romance, mas, na maioria dos casos, Satanás está apenas revestido das roupagens angélicas, as mais eficazes para enganar e seduzir. Ninguém está tão firmado nos justos princípios, ninguém tão seguro contra a tentação, que esteja a salvo lendo essas histórias. CI 172 1 Os leitores de ficção estão condescendendo com um mal que destrói a espiritualidade, eclipsando a beleza da Página Sagrada. Cria uma nociva estimulação, desperta a imaginação, incapacita a mente para a utilidade, desvia o espírito da oração, tornando-o inapto para qualquer exercício espiritual. CI 172 2 Deus tem dotado muitos de nossos jovens com superiores aptidões; mas demasiadas vezes têm eles enfraquecido suas faculdades, confundido e debilitado a mente de tal maneira que, por anos, não têm feito nenhum progresso na graça ou no conhecimento das razões de sua fé, devido a sua pouco sábia escolha de leituras. Os que estão aguardando a próxima vinda do Senhor, esperando aquela maravilhosa transformação, quando "isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade" (1 Coríntios 15:53) devem, neste tempo de graça, encontrar-se num mais elevado plano de ação. CI 172 3 Meus queridos amigos jovens, interrogai vossa própria experiência quanto à influência das histórias excitantes. Podeis vós, depois de tal leitura, abrir a Bíblia e ler com interesse a Palavra da vida? Não achais desinteressante o Livro de Deus? O encanto daquela história de amor vos domina a mente, destruindo-lhe o saudável tono, e tornando-vos impossível fixar a atenção sobre as importantes e solenes verdades que dizem respeito a vosso bem-estar eterno. CI 172 4 Rejeitai resolutamente toda leitura inútil. Ela não vos fortalecerá a espiritualidade, mas introduzirá na mente sentimentos que hão de perverter a imaginação, fazendo com que penseis menos em Jesus, demorando-vos menos em Suas preciosas lições. Mantende o espírito livre de tudo quanto o poderia levar em uma errônea direção. Não o acumuleis de histórias inúteis, que não comunicam nenhuma força às faculdades mentais. Os pensamentos são do mesmo caráter que o alimento provido ao espírito. -- Mensagens aos Jovens, 271-273. CI 172 5 Leituras que destroem a espiritualidade -- Com a imensa maré de material impresso a derramar-se constantemente do prelo, adultos e jovens formam o hábito da leitura apressada e superficial, e a mente perde a sua capacidade para um pensamento contínuo e vigoroso. Ademais, uma participação abundante das revistas e livros que, à semelhança das rãs do Egito, se estão espalhando pela Terra, não é meramente coisa banal, ociosa e enervante, mas impura e degradante. Seu efeito não consiste simplesmente em envenenar e arruinar o espírito, mas também em corromper e destruir a alma. -- Educação, 189, 190. CI 172 6 Na educação das crianças e dos jovens dá-se agora importante lugar aos contos de fadas, mitos e histórias fictícias. Usam-se nas escolas livros desta natureza, e encontram-se também os mesmos em muitos lares. Como podem pais cristãos permitir que seus filhos usem livros tão cheios de mentiras? Quando as crianças pedem a explicação de histórias tão contrárias aos ensinos recebidos de seus pais, a resposta é que essas histórias não são verdadeiras; mas isso não dissipa os maus resultados do uso das mesmas. As idéias apresentadas nesses livros desencaminham as crianças. Comunicam falsas idéias da vida, suscitando e nutrindo o desejo pelo irreal. [...] CI 173 1 Nunca devem ser colocados nas mãos da infância e da juventude livros que contenham uma perversão da verdade. Não permitamos que nossos filhos, no próprio processo de adquirir educação, recebam idéias que se demonstrarão sementes de pecado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 384, 385. CI 173 2 Convidando eles as suas tentações, não têm sabedoria para discernir nem força para resisti-las. Com um poder fascinante, sedutor, a incredulidade se apodera da mente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 135, 136. CI 173 3 Perigos na leitura de histórias excitantes -- Que vão ler nossos filhos? Esta é uma questão séria, e que exige uma séria resposta. Perturba-me ver, entre as famílias observadoras do sábado, periódicos e jornais que contêm histórias em série, as quais não deixam impressão para o bem na mente das crianças e jovens. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção foi assim cultivado. Tiveram o privilégio de ouvir a verdade, de familiarizar-se com as razões de nossa fé; mas chegaram aos anos mais avançados destituídos da verdadeira piedade e religião prática. [...] CI 173 4 Os leitores de contos frívolos e empolgantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, achavam-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Pensamentos e conversas religiosos eram inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de embriagados mentais. Hábitos intemperantes na leitura têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 132, 134, 135. CI 173 5 Antes de aceitar a verdade presente, alguns haviam formado o hábito de ler romances. Ao unirem-se à igreja, esforçavam-se para vencer esse hábito. Colocar perante essas pessoas leituras semelhantes às que abandonaram, equivale a oferecer bebidas intoxicantes ao viciado. Cedendo à tentação que sempre os assalta, logo perdem o gosto pela leitura sadia. Não têm mais interesse no estudo da Bíblia. Ficam com a força moral debilitada. O pecado lhes parece cada vez menos repulsivo. Demonstram crescente infidelidade, desprazer cada vez maior pelos deveres práticos da vida. O espírito pervertido fica pronto para prender-se a qualquer leitura de caráter estimulante. Assim se acha aberto o caminho para Satanás ter a pessoa sob seu completo domínio. -- Testimonies for the Church 7:203. CI 174 1 O Livro dos livros -- A natureza da experiência religiosa de uma pessoa revela-se no caráter dos livros que ela prefere em seus momentos de lazer. Para possuir um saudável tono mental, bem como sãos princípios religiosos, a juventude deve viver em comunhão com Deus por intermédio de Sua Palavra. Indicando o caminho da salvação mediante Cristo, é a Bíblia nosso guia para uma vida mais elevada e melhor. Contém as mais interessantes e instrutivas histórias e biografias que já foram escritas. Aqueles cuja imaginação não foi pervertida pela leitura de ficção, hão de achar a Bíblia o mais interessante dos livros. CI 174 2 A Bíblia é o Livro dos livros. Se amais a Palavra de Deus, esquadrinhando-a quando tendes oportunidade, para que venhais a possuir seus ricos tesouros, e estejais perfeitamente aparelhados para toda boa obra, então podeis ter certeza de que Jesus vos está atraindo para Si. Ler, porém, as Escrituras de maneira casual, sem procurar compreender as lições de Cristo a fim de poder satisfazer Suas exigências, não é bastante. Há na Palavra de Deus tesouros que só podem ser descobertos penetrando fundo na mina da verdade. CI 174 3 A mente carnal rejeita a verdade; mas a alma que é convertida experimenta maravilhosa transformação. O Livro antes sem atrativos em virtude de revelar verdades que testificam contra o pecador, torna-se agora o alimento da alma, a alegria e consolação da vida. O Sol da justiça ilumina as Páginas Sagradas, e o Espírito Santo por seu intermédio fala à alma. [...] CI 174 4 Que todos quantos têm cultivado o gosto das leituras leves volvam agora a atenção à firme palavra da profecia. Tomai a Bíblia, e ponde-vos a estudar com renovado interesse os sagrados registros do Antigo e do Novo Testamentos. Quanto mais freqüente e mais diligentemente estudardes a Bíblia, tanto mais bela se revelará, e menos sabor encontrareis nas leituras leves. Ligai ao coração esse precioso volume. Ele vos será um amigo e um guia. -- Mensagens aos Jovens, 273, 274. ------------------------Capítulo 32 -- Música CI 175 1 Aarte da melodia sagrada era diligentemente cultivada [nas escolas dos profetas]. Não se ouviam valsas frívolas ou canções petulantes que elogiassem o homem e desviassem de Deus a atenção; ouviam-se, porém, sagrados e solenes salmos de louvor ao Criador, que engrandeciam Seu nome e relatavam Suas obras maravilhosas. Deste modo, fazia-se com que a música servisse a um santo propósito: erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e elevador, e despertar na alma devoção e gratidão para com Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 97, 98. CI 175 2 A música faz parte do culto a Deus. nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O devido cultivo da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser negligenciado. O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, tanto como a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar a este a expressão correta. -- Patriarcas e Profetas, 594. CI 175 3 Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro. Na extremidade inferior dela havia um dispositivo para virar, fixar a harpa, ou mudar os tons. Seus dedos não corriam pelas cordas descuidosamente, mas faziam vibrar diferentes cordas para produzir diferentes acordes. Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus, irradiando glória indizível. [...] CI 175 4 Foi-me mostrado que a juventude precisa pôr-se em uma plataforma mais elevada e fazer da Palavra de Deus sua guia e conselheira. Responsabilidades solenes repousam sobre os jovens, às quais eles mal atentam. A introdução da música em seus lares, em lugar de estimular à santidade e espiritualidade, tem sido um meio de afastar a mente deles da verdade. Canções frívolas e partituras de músicas populares de sucesso parecem estar de acordo com seu gosto. Instrumentos musicais têm tomado o tempo que deveria ser empregado em oração. A música, quando bem utilizada, é uma grande bênção, mas quando mal-usada. uma terrível maldição. Ela agita, mas não confere aquela força e coragem que o cristão pode encontrar unicamente no trono da graça, enquanto humildemente torna conhecidas suas necessidades e com fortes clamores e lágrimas roga por forças do Céu para ser robustecido contra as poderosas tentações do maligno. Satanás lidera os jovens cativos. Oh, que posso eu dizer para levá-los a romper com esse poder fascinador! Satanás é um habilidoso sedutor, atraindo-os à perdição. -- Testimonies for the Church 1:146, 497. ------------------------Capítulo 33 -- A crítica e seus efeitos CI 177 1 Devem os cristãos ser cuidadosos em relação a suas palavras. Não devem nunca passar adiante informações desfavoráveis, de um de seus amigos a outro, especialmente se perceberem haver falta de união entre eles. É cruel dar a entender e insinuar, como se soubéssemos em relação a esse amigo ou aquele conhecido, muita coisa ignorada pelos demais. Essas insinuações prosseguem e criam impressões mais desfavoráveis do que se os fatos fossem francamente relatados, de maneira livre de exagero. Que danos não tem sofrido a igreja de Cristo por causa dessas coisas! O procedimento incoerente e desavisado de seus membros tem tornado a igreja débil como a água. Tem sido traída a confiança por membros da mesma igreja, e no entanto o culpado não pretendia fazer mal. A falta de prudência na escolha de assuntos de conversa tem feito muito dano. CI 177 2 Deve a conversa ser sobre coisas espirituais e divinas; mas tem sido diferente. Se a associação com amigos cristãos é dedicada especialmente ao aperfeiçoamento da mente e do coração, não haverá remorsos depois, e poderão recordar a conversa com prazer e satisfação. Mas se as horas são despendidas em leviandades e em falar ocioso, empregando-se o precioso tempo em dissecar a vida e o caráter de outros, a associação amistosa se demonstrará fonte de males, e sua influência será "cheiro de morte para morte". 2 Coríntios 2:16. -- Testimonies for the Church 2:186, 187. CI 177 3 Pensar o bem a respeito de todos -- Quando damos ouvidos a uma difamação contra nosso irmão, somos responsáveis pela mesma. À pergunta: "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? Quem morará no Teu santo monte?", responde o salmista: "Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração: aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo". Salmos 15:1-3. CI 177 4 Que quantidade de vã tagarelice seria evitada, se todos se lembrassem de que aqueles que lhes contam as faltas dos outros, com a mesma sem-cerimônia publicarão as faltas dos seus interlocutores, caso tenham oportunidade! Devemos esforçar-nos por pensar bem de todas as pessoas, especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados a pensar de outro modo. Não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são muitas vezes resultado de inveja ou mal-entendidos ou podem proceder de exageros ou de uma exposição tendenciosa de fatos. O ciúme e a suspeita, caso se lhes dê atenção, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de uma praga. Se um irmão se desvia, é então ocasião de mostrarem seu real interesse por ele. Vão falar com ele bondosamente, orem com ele e por ele, lembrando-se do preço infinito que Cristo pagou por sua redenção. Desse modo poderão salvar uma pessoa e cobrir "multidão de pecados". Tiago 5:20. CI 178 1 Um olhar, uma palavra e mesmo a inflexão da voz, podem ser a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum coração, infligindo-lhe ferida incurável. Assim uma dúvida, uma difamação, pode ser lançada sobre uma pessoa por intermédio da qual Deus iria realizar uma boa obra, prejudicando-lhe a influência e destruindo-lhe a utilidade. Entre algumas espécies de animais, se um dentre eles é ferido e cai, é imediatamente atacado e rasgado em pedaços por seus companheiros. No mesmo espírito cruel condescendem homens e mulheres que tomam o nome de cristãos. Manifestam um zelo farisaico em apedrejar outros menos culpados que eles. Alguns apontam para as faltas e fracassos alheios a fim de distrair a atenção dos outros, ou para serem considerados muito zelosos em prol de Deus e da igreja. -- Testimonies for the Church 5:58, 59. CI 178 2 O tempo gasto em criticar os motivos e atos dos servos de Cristo melhor poderia ser empregado em oração. Muitas vezes, se os que buscam defeitos nos outros conhecessem a verdade acerca desses a quem criticam, teriam opinião inteiramente diversa. Quanto melhor não seria que, em vez de criticar e condenar os outros, cada um dissesse: "Preciso cuidar de minha própria salvação. Se eu cooperar com Aquele que deseja salvar a minha alma, terei que vigiar diligentemente a mim mesmo. Terei que excluir de minha vida todo mal. Tenho que tornar-me uma nova criatura em Cristo. Tenho que vencer todo defeito. Então, em vez de enfraquecer os que estão a lutar contra o mal, posso fortalecê-los com palavras animadoras". -- Testimonies for the Church 8:83, 84. CI 178 3 O invejoso não reconhece o bem nos outros -- Não devemos permitir que nossa perplexidade e desapontamentos nos corroam, tornando-nos impertinentes e impacientes. Não haja discórdia, nem suspeitas ou maledicência, para não ofendermos a Deus. Meu irmão, se abrir seu coração à inveja e às vis suspeitas, o Espírito Santo não poderá habitar em você. Busque a plenitude que há em Cristo. Trabalhe da forma por Ele indicada. Que todo pensamento, palavra e ato O revele. Tem de haver um diário batismo do amor que nos dias dos apóstolos os unificava. Esse amor trará saúde ao corpo, espírito e mente. Circunde seu espírito com uma atmosfera que fortaleça a vida espiritual. Cultive a fé, a esperança, o ânimo e o amor. Que a paz de Deus reine no seu coração. -- Testimonies for the Church 8:191. CI 178 4 A inveja não é meramente um desvio de temperamento, mas uma desordem que afeta todas as faculdades. Começou com Satanás. Ele desejou ser o primeiro no Céu e, como não alcançasse todo o poder e glória que buscava, rebelou-se contra o governo de Deus. Invejou nossos primeiros pais, tentando-os ao pecado, e assim os arruinou, e a todo o gênero humano. CI 179 1 O invejoso fecha os olhos às boas qualidades e nobres ações dos outros. Está sempre pronto a desprezar e representar falsamente aquilo que é excelente. Os homens muitas vezes confessam e abandonam outras faltas; do homem invejoso, porém, pouco se pode esperar. Visto como invejar a alguém é admitir que ele e superior, o orgulho não tolerará nenhuma concessão. Se for feita uma tentativa de convencer de seu pecado a pessoa invejosa, ela se torna ainda mais amarga contra o objeto de sua paixão, e muitas vezes permanece incurável. CI 179 2 O invejoso espalha veneno aonde quer que vá, separando amigos e suscitando ódio e rebelião contra Deus e as pessoas. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heróicos e abnegados esforços por alcançar o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros. [...] CI 179 3 O apóstolo Tiago diz que a língua que se deleita no dano que causa, a língua mexeriqueira que diz: "Conte, e eu o espalharei" (Tiago 3:6), é inflamada pelo inferno. Ela espalha tições de fogo por toda parte. Que importa ao tagarela se ele difama o inocente? Ele não deterá sua obra má, embora destrua a esperança e o ânimo daqueles que já estão se afogando sob as suas cargas. O que mais fazem é condescender com a sua inclinação de amar o escândalo. Mesmo professos cristãos fecham os olhos a tudo que é puro, honesto, nobre e amável, entesourando tudo que é objetável e desagradável, e publicando-o ao mundo. -- Testimonies for the Church 5:56, 57. CI 179 4 Ciúme e falsidade -- Dói-me dizer que existem línguas desenfreadas entre os membros da igreja. Há línguas falsas, que se alimentam da maldade. Há línguas astutas, que segredam. Há loquacidade, impertinente intrometimento, insinuações hábeis. Entre os amantes da tagarelice, alguns são movidos pela curiosidade, outros pela inveja, muitos pelo ódio contra aqueles por meio dos quais Deus falou para os reprovar. Todos esses elementos discordantes estão ativos. Alguns ocultam seus sentimentos reais, enquanto outros estão ansiosos por divulgar tudo que sabem, ou mesmo suspeitam, dos males alheios. CI 179 5 Vi que o próprio espírito de perjúrio, capaz de transformar a verdade em falsidade, o bem em mal, e em crime a inocência, está agora ativo. Satanás está exultante com a condição do professo povo de Deus. Enquanto muitos negligenciam sua própria salvação, vigiam ansiosamente por uma oportunidade para criticar e condenar os outros. Todos têm defeitos de caráter, e não é difícil descobrir alguma coisa que a inveja pode interpretar para seu mal. "Ora", dizem esses juízes por iniciativa própria, "temos fatos. Nós lhes faremos uma acusação da qual não se poderão livrar". Daí aguardam uma oportunidade apropriada e então põem em ação sua enorme coleção de boatos e maledicências. CI 180 1 Em seu empenho por apresentar um problema, pessoas que têm por natureza uma imaginação criativa estão em perigo de se enganarem a si mesmas e aos outros. Apanham expressões que outros utilizaram em momento descuidado, despercebidas de que as palavras podem ser pronunciadas precipitadamente, não refletindo assim os verdadeiros sentimentos de quem as proferiu. Mas essas observações não ponderadas, muitas vezes tão banais que não merecem atenção, são olhadas através da lente de Satanás, meditadas e repetidas, até que montículos de terra juntados pelas toupeiras se transformam em montanhas. [...] CI 180 2 Será caridade cristã apanhar todo boato que por aí flutue, desenterrar tudo que lance suspeita sobre o caráter de outro, e então ter prazer em empregar isso para prejudicar as pessoas? Satanás exulta quando pode difamar ou ferir um seguidor de Cristo. Ele é o "acusador dos irmãos". Apocalipse 12:10. Deverão os cristãos ajudá-lo em sua obra? CI 180 3 Os olhos de Deus, que tudo vêem, notam os defeitos de todos e a paixão dominante de cada qual; contudo, têm paciência com os nossos erros, e Se compadecem de nossa fraqueza. Ele ordena ao Seu povo que nutra o mesmo espírito de ternura e paciência. Os verdadeiros cristãos não exultarão em expor as faltas e deficiências de outros. Manterão distância da vileza e deformidade, para fixar a mente naquilo que é atraente e amável. Para o cristão todo ato de crítica e toda palavra de censura ou condenação são penosos. -- Testimonies for the Church 5:94-96. CI 180 4 Os efeitos de criticar a igreja e seus líderes -- O espírito de tagarelice e maledicência é um dos instrumentos especiais de Satanás para semear discórdia e luta, para separar amigos e solapar a fé de muitos na veracidade de nossas crenças. Os irmãos e as irmãs estão demasiado prontos para falar das faltas e erros que julgam existir em outros, e especialmente nos que têm apresentado sem recuo as mensagens de repreensão e advertência que o Senhor lhes confiou. CI 180 5 Os filhos desses queixosos escutam de ouvidos abertos e recebem o veneno da desafeição. Os pais fecham assim, cegamente, os meios pelos quais poderia ser alcançado o coração dos filhos. Quantas famílias temperam suas refeições diárias com dúvidas e críticas! Dissecam o caráter de seus amigos e o servem como delicada sobremesa. Um precioso bocado de maledicência é passado ao redor da mesa, para ser comentado, não só por adultos, mas também por crianças. Nisso Deus é desonrado. Disse Jesus: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes". Mateus 25:40. Portanto, Cristo é menosprezado e profanado pelos que difamam Seus servos. CI 180 6 Os nomes dos escolhidos servos de Deus têm sido usados com desrespeito, e em alguns casos com absoluto desdém, por certas pessoas cujo dever é apoiá-los. As crianças não têm deixado de ouvir as observações desrespeitosas dos pais com referência às solenes repreensões e advertências dos servos de Deus. Têm compreendido os escarnecedores gracejos e palavras depreciativas que de tempos a tempos lhes têm chegado aos ouvidos, e a tendência tem sido nivelar, em sua mente, os interesses sagrados e eternos, com os negócios comuns do mundo. Que obra realizam esses pais, fazendo de seus filhos uns incrédulos, já na infância! Desta maneira é que as crianças são ensinadas a serem irreverentes e a se rebelarem contra as repreensões do pecado, enviadas pelo Céu. CI 181 1 Onde existem semelhantes males, só pode prevalecer o declínio espiritual. Esses mesmos pais e mães, cegados pelo inimigo, admiram-se de que os filhos sejam tão inclinados à incredulidade, e a duvidarem da verdade da Bíblia. Admiram-se de que seja tão difícil alcançá-los por influências morais e religiosas. Tivessem eles visão espiritual, e descobririam desde logo que esse deplorável estado de coisas é resultado de sua própria influência doméstica, produto de seus ciúmes e desconfiança. Assim, muitos incrédulos são feitos nos círculos familiares de professos cristãos. CI 181 2 Muitos há que encontram prazer especial em falar demoradamente nos defeitos, reais ou imaginários, dos que arcam sob pesadas responsabilidades em relação com as instituições da causa de Deus. Passam por alto o bem que tem sido realizado, os benéficos resultados do árduo esforço e persistente dedicação à causa, e prendem a atenção em alguns aparentes erros, coisas que, depois de cometidas e ao seguirem-se as conseqüências, imaginam eles que poderiam ter sido executadas de modo melhor, com resultados mais lisonjeiros. No entanto a verdade é que, tivessem eles sido encarregados do trabalho, ou se haveriam recusado a agir em vista das circunstâncias desencorajadoras do caso, ou teriam agido mais indiscretamente do que os que efetuaram a obra, seguindo o caminho aberto pela providência de Deus. CI 181 3 Mas esses incontroláveis faladores apegam-se ferrenhamente aos aspectos mais desagradáveis da obra, tal como os líquens se agarram às asperezas da rocha. Essas pessoas atrofiam-se espiritualmente por se demorarem continuamente sobre os fracassos e faltas dos outros. São moralmente incapazes de discernir as ações boas e nobres, os esforços altruístas, o verdadeiro heroísmo e o sacrifício próprio. Não vão se tornando mais nobres e elevados em sua vida e esperanças, nem mais generosos e amplos em suas idéias e planos. Não cultivam aquela caridade que deve caracterizar a vida do cristão. Degeneram dia a dia, tornando-se mais estreitos em seus preconceitos e opiniões. A pequenez é seu elemento, e a atmosfera que os rodeia é peçonhenta para a paz e a felicidade. -- Testimonies for the Church 4:195, 196. CI 181 4 Toda instituição terá que lutar com dificuldades. As aflições são permitidas para provar o coração do povo de Deus. Quando a adversidade sobrevém a uma das instituições do Senhor, fica evidente quão verdadeira fé temos em Deus e em Sua obra. Nessas ocasiões, ninguém considere as coisas sob o pior aspecto, dando vazão a dúvidas e descrença. Não critiquemos os que arcam com o peso das responsabilidades. Não sejam as conversas envenenadas em nosso lar pela crítica aos obreiros do Senhor. Pais que condescendem com esse espírito de crítica não estão apresentando perante os filhos aquilo que os há de tornar sábios para a salvação. Suas palavras tendem a abalar a fé e a confiança, não só das crianças, mas também dos de mais idade. [...] CI 182 1 Os dirigentes de nossas instituições têm uma tarefa dificílima para manter a ordem e disciplinar sabiamente os jovens que se acham sob o seu cuidado. Os membros da igreja podem fazer muito para lhes suster os braços. Quando os jovens não se dispõem a submeter-se à disciplina da instituição, ou por divergirem de seus superiores em qualquer matéria, se decidem fazer prevalecer a sua própria vontade, não apóiem os pais cegamente os filhos, tomando-lhes as dores. CI 182 2 Muito, muito melhor seria que sofressem seus filhos, até que jazessem no túmulo, do que serem ensinados a tratar levianamente os princípios que se acham no próprio fundamento da lealdade para com a verdade, para com seus semelhantes e para com Deus. -- Testimonies for the Church 7:183, 185, 186. CI 182 3 A autocrítica é uma virtude -- Se todos os cristãos professos usassem suas faculdades investigadoras para ver quais os males que neles mesmos carecem de correção, em vez de falar dos erros alheios, existiria na igreja hoje uma condição muito mais saudável. [...] Quando o Senhor juntar Suas jóias, os verdadeiros, os francos, os honestos serão por Ele contemplados com prazer. Anjos se acham empenhados em fazer coroas para eles, e sobre essas coroas adornadas de estrelas se refletirá, com esplendor, a luz que irradia do trono de Deus. CI 182 4 O Senhor está experimentando e provando Seu povo. Vocês podem ser severos e críticos com o seu próprio caráter defeituoso, o quanto quiserem; sejam, porém, bondosos, misericordiosos e corteses para com os outros. Indaguem todos os dias: Sou absolutamente íntegro, ou tenho coração falso? Supliquem ao Senhor que os salve de todo engano nesse ponto. Acham-se nisso envolvidos interesses eternos. Ao passo que tantos anseiam honras e ambicionam o ganho, busquem vocês, meus amados irmãos, ansiosamente a certeza do amor de Deus, e clamem: Quem me mostrará como tornar certas minha vocação e eleição? CI 182 5 Satanás estuda cuidadosamente os pecados básicos dos homens, e a seguir começa seu trabalho de os seduzir e enlaçar. Estamos no mais grosso da tentação, mas há vitória para nós se corajosamente travarmos as batalhas do Senhor. Todos estão em perigo. Mas se andarem humilde e devotamente, emergirão do processo de prova mais preciosos do que o ouro puro, sim, do que o ouro fino de Ofir. Se forem relapsos e negligenciarem a oração, serão como o sino que tine e o címbalo que soa. -- Testimonies for the Church 5:96-98. ------------------------Capítulo 34 -- Conselho a respeito do vestuário CI 183 1 No vestuário, bem como em todas as outras coisas, é nosso privilégio honrar o nosso Criador. Ele deseja que não somente seja nosso vestuário limpo e saudável, mas próprio e decoroso. Devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isso, nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram dadas por Ele em relação à roupa da Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo, as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. Nosso exterior deve caracterizar-se em todos os seus aspectos pela higiene, modéstia e pureza. CI 183 2 Pelas coisas da natureza, "as flores, o lírio" Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam agradável nossa maneira de vestir. -- Orientação da Criança, 413. CI 183 3 Princípios quanto ao vestuário -- O vestuário e seu uso na pessoa, verifica-se geralmente ser uma característica do homem ou da mulher. CI 183 4 Julgamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do vestuário que usa. Uma senhora modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. Na escolha de um vestuário simples e apropriado, revelar-se-á um gosto apurado, uma mente culta. [...] Aquela que é simples e despretensiosa no vestuário e nas maneiras demonstra compreender que a verdadeira mulher é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante, é a simplicidade no vestir, que em graça poder ser comparada com as flores do campo! CI 183 5 Rogo ao nosso povo que ande cuidadosa e circunspectamente diante de Deus. Segui costumes no vestir até onde eles se conformem com os princípios da saúde. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas o fazem, tendo vestidos de material bom e durável, modestos, apropriados para a sua idade, e não lhes preocupe a mente a questão do vestuário. Nossas irmãs devem vestir-se com simplicidade. Devem trajar-se com roupas modestas, com modéstia e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração viva do adorno interior da graça de Deus. [...] CI 183 6 Caso o mundo introduza uma moda modesta, conveniente e saudável no vestir, que esteja de acordo com a Bíblia, não mudará nossa relação para com Deus ou para com o mundo adotar tal estilo. Os cristãos devem seguir a Cristo e fazer suas roupas conformar-se com a Palavra de Deus. Devem evitar os extremos. Devem seguir humildemente um rumo certo, sem considerar os aplausos ou censura, e se devem apegar ao que é certo devido aos seus próprios méritos. CI 184 1 Não ocupeis vosso tempo esforçando-vos para seguir todas as modas insensatas do vestir. Trajai-vos asseada e decentemente, mas não vos torneis alvo de observações, seja por vos vestirdes com requintado apuro, ou por vos trajardes de maneira relaxada e desalinhada. Agi como se soubésseis que os olhos dos Céus estão sobre vós; e que estais vivendo sob a aprovação ou desaprovação de Deus. -- Orientação da Criança, 413-415. CI 184 2 Instrução bíblica -- Cristo notou o devotamento ao vestuário e advertiu, sim, ordenou aos seguidores que não se preocupassem muito com isso. "E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles". Mateus 6:28, 29. [...] O orgulho e a extravagância no vestir são pecados a que especialmente a mulher está propensa; daí tais declarações se referirem diretamente a ela. De quão pouco valor são o ouro, as pérolas ou enfeites caros, quando comparados com a mansidão e a amabilidade de Cristo! CI 184 3 Fui dirigida às seguintes passagens: Disse o anjo: "Devem instruir o povo de Deus." "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras". 1 Timóteo 2:9, 10. CI 184 4 "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres". 1 Pedro 3:3-5. CI 184 5 Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor do vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-Lhe-emos ouvidos e seremos sábios? CI 184 6 Os que estão na verdade buscando servir a Cristo terão consciencioso escrúpulo quanto ao vestuário que usam; esforçar-se-ão por satisfazer às exigências dessa recomendação tão positivamente dada pelo Senhor. -- Orientação da Criança, 415, 416. CI 184 7 A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie está em harmonia com nossa fé. -- Testimonies for the Church 3:366. CI 185 1 Muitos precisam ser instruídos quanto ao modo de se apresentarem nas reuniões para o culto do sábado. Não devem comparecer à presença divina com roupa usada no serviço, durante a semana. Todos devem ter um traje especial para assistir aos cultos de sábado. Conquanto não seja lícito adaptar-nos às modas do mundo, não devemos ser indiferentes quanto a nossa aparência exterior. Devemos vestir-nos com asseio e elegância, posto que sem luxo e sem adornos. Os filhos de Deus devem estar limpos interior e exteriormente. -- Testimonies for the Church 6:355. CI 185 2 Especialmente as esposas de nossos pastores devem ser cuidadosas em não se afastarem dos claros ensinos da Bíblia em questão do vestuário. Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor ao vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-lhe-emos ouvidos e seremos sábios? A extravagância no vestuário está em constante progresso. Ainda não é o fim. A moda muda sempre, e nossas irmãs seguem-lhe os rastos, a despeito do tempo ou das despesas. Grande é a quantia despendida com o vestuário, quando devia voltar a Deus, o doador. -- Testimonies for the Church 4:630, 631. CI 185 3 A influência do modo de vestir -- O amor ao vestuário põe em perigo a moral e faz com que a mulher seja o contrário do que é uma senhora cristã, que se caracteriza pela modéstia e sobriedade. O vestuário extravagante muitas vezes incute concupiscência no coração da que o usa, despertando baixas paixões no que o contempla. Deus vê que a ruína do caráter é freqüentemente precedida pela condescendência com o orgulho e a vaidade no vestir, que os caros enfeites sufocam o desejo de fazer o bem. -- Testimonies for the Church 4:645. CI 185 4 O vestuário simples e despretensioso será uma recomendação para minhas jovens irmãs. Diante de outros, não pode sua luz brilhar de maneira melhor do que pela simplicidade do vestuário e da conduta. Vocês podem mostrar a todos que, em comparação com as coisas eternas, têm dado o devido valor às coisas desta vida. -- Testimonies for the Church 3:376. CI 185 5 Muitos se vestem semelhante ao mundo, a fim de exercer influência sobre os descrentes; eles, porém, cometem aqui um erro lamentável. Se quiserem ter verdadeira e salvadora influência, vivam de acordo com a sua profissão de fé, mostrem sua fé pelas suas obras de justiça, e façam clara distinção entre o cristão e o mundano. As palavras, o vestuário e as ações devem testemunhar de Deus. Então uma santa influência se espalhará sobre todos os que lhes estão ao redor, e até os descrentes tomarão conhecimento de que eles têm estado com Jesus. Caso alguém deseje que sua influência fale em favor da verdade, que viva de acordo com a sua profissão de fé e dessa forma imitem o humilde Modelo. -- Testimonies for the Church 4:633, 634. CI 185 6 Minhas irmãs, evitai até a aparência do mal. Nesta época dissoluta, exalando corrupção, não estais seguras, a não ser que estejais em guarda. A virtude e a modéstia são raras. Apelo para vós, como seguidoras de Cristo, e porque fazeis uma exaltada profissão de fé, que abrigueis a jóia de incalculável preço, a modéstia, que é a salvaguarda da virtude. CI 186 1 A simplicidade no vestir, aliada à modéstia das maneiras, muito farão no sentido de cercar uma jovem com aquela atmosfera de sagrada reserva que para ela será uma proteção contra os milhares de perigos. [...] CI 186 2 A simplicidade no vestuário fará a mulher sensata ter mais vantagens na aparência. CI 186 3 Trajai-vos como um cristão se deve trajar -- adornai-vos com simplicidade e modéstia, como convém a mulheres que professam piedade, com boas obras. CI 186 4 Muitas pessoas, a fim de acompanhar as modas absurdas, perdem o gosto pela simplicidade natural e são fascinadas pelo que é artificial. Sacrificam o tempo e o dinheiro, o vigor do intelecto, a verdadeira elevação da alma, e dedicam todo o seu ser aos reclamos de uma vida de acordo com a moda. CI 186 5 Queridos jovens, vossa disposição para vestir-vos conforme a moda, usando, para satisfazer a vaidade, rendas, ouro e coisas artificiais, não recomenda aos outros a religião nem a verdade que professais. As pessoas discretas considerarão vosso desejo de enfeitardes o exterior como prova de que possuís mente débil e coração vaidoso. -- Orientação da Criança, 417, 421. CI 186 6 Há um traje que toda criança e jovem pode inocentemente procurar obter: a justiça dos santos. Se eles tão-somente desejarem e forem perseverantes em obtê-lo como o são em confeccionar suas roupas segundo as normas da sociedade mundana, bem cedo serão vestidos da justiça de Cristo, e seu nome não será riscado do livro da vida. Tanto as mães como os jovens e as crianças precisam orar: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto". Salmos 51:10. Essa pureza de coração e beleza de espírito são mais preciosas do que o ouro, tanto para esta época como para a eternidade. Somente os puros de coração verão a Deus. -- Orientação da Criança, 417, 418. ------------------------Capítulo 35 -- Um apelo aos jovens CI 187 1 Queridos jovens amigos, aquilo que semearem, isso hão de colher. Agora é o tempo de semeadura para vocês. Qual será a colheita? Que estão semeando? Cada palavra que proferem, cada ato que praticam, é uma semente que produzirá bom ou mau fruto e que redundará em alegria ou tristeza para o semeador. Qual a semente lançada, tal a colheita. Deus lhes tem dado grande luz e muitos privilégios. Depois de comunicada a luz, depois de lhes haverem sido claramente expostos os riscos que correm, fica sobre vocês a responsabilidade. A maneira como tratam a luz que Deus lhes envia fará pender a balança para a felicidade ou o infortúnio. Vocês mesmos estão moldando o próprio destino. CI 187 2 Todos vocês têm uma influência para bem ou para mal sobre a mente e o caráter de outros. E justamente a influência que exercerem será escrita nos livros co Céu. Um anjo está observando vocês e registrando suas palavras e ações. Ao se levantarem pela manhã, acaso experimentam o senso de sua incapacidade, sua necessidade de forças vindas de Deus? E humilde e sinceramente expõem suas necessidades ao Pai celestial? Se assim for, os anjos anotam-lhes as orações, e se as mesmas não partiram de lábios fingidos, quando estiverem em risco de errar inconscientemente, de exercer uma influência que leve outros a errar, seu anjo da guarda estará ao seu lado, impulsionando-os a seguir melhor direção, escolhendo as palavras para proferirem e influenciando-lhes as ações. CI 187 3 Se não se sentem em perigo, e se não fazem uma prece em busca de auxílio e força para resistir às tentações, é certo se extraviarem; sua negligência do dever será registrada nos livros de Deus no Céu, e serão achados em falta no dia da provação. CI 187 4 Há ao seu redor alguns que foram cuidadosamente instruídos, e outros que foram tratados com condescendência, mimados, lisonjeados, elogiados, até que ficaram positivamente arruinados para a vida prática. Falo a respeito de pessoas que conheço. Seu caráter acha-se tão distorcido pela condescendência, lisonja e indolência, que são inúteis para esta vida. E se são inúteis no que respeita a esta vida, que esperaremos quanto àquela outra em que tudo é pureza e santidade, e onde todos têm caráter harmônico? Tenho orado por essas pessoas; tenho-me dirigido pessoalmente a elas. Podia ver a influência que elas exerciam sobre outras mentes, levando-as à vaidade, ao amor do vestuário e ao descuido para com seus interesses eternos. A única esperança para essa classe de pessoas é que atentem para seus caminhos, humilhem perante Deus o coração orgulhoso e frívolo, façam confissão de seus pecados e se convertam. -- Testimonies for the Church 3:363, 364. CI 188 1 Desenvolver o gosto pelas coisas espirituais -- A única segurança para os jovens é incessante vigilância e humilde oração. Não devem lisonjear-se de que podem ser cristãos sem isso. Satanás oculta suas tentações e seus ardis sob uma cobertura de luz, como quando se aproximou de Cristo no deserto. Então, era aparentemente como um anjo celeste. O adversário de nossas almas aproximar-se-á de nós como um hóspede celeste; e o apóstolo recomenda sobriedade e vigilância como nossa única salvaguarda. Os jovens que condescendem com uma atitude descuidosa e leviana, e negligenciam os deveres cristãos, estão continuamente caindo sob as tentações do inimigo, em vez de vencerem como Cristo venceu. -- Testimonies for the Church 3:374. CI 188 2 Muitos professam estar ao lado do Senhor, mas não estão; o peso de todas as suas ações acha-se do lado de Satanás. Por que meio havemos de determinar de que lado nos encontramos? Quem possui o coração? Em quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem possui nossas mais calorosas afeições e melhores energias? Se nos achamos do lado do Senhor, nossos pensamentos estão com Ele, e nossos mais suaves pensamentos são a Seu respeito. Não temos amizade com o mundo; tudo quanto temos e somos, consagramos a Ele. Almejamos trazer Sua imagem, respirar Seu Espírito, fazer-Lhe a vontade e agradar-Lhe em tudo. [...] CI 188 3 A verdadeira educação é o poder de usar as nossas faculdades de maneira a conseguir resultados benéficos. Por que é que a religião ocupa tão pouco nossa atenção, ao passo que o mundo tem a energia do cérebro, dos ossos e músculos? É porque toda a força de nosso ser se inclina para aquele rumo. Temo-nos exercitado em empenhar-nos com diligência e vigor nos negócios mundanos, até que se torna fácil à mente tomar esse rumo. É por isto que os cristãos acham a vida religiosa tão difícil, e tão fácil a vida mundana. As faculdades foram exercitadas a empregar sua força naquele sentido. Na vida religiosa tem havido assentimento às verdades da Palavra de Deus, mas não uma ilustração prática das mesmas na vida. CI 188 4 Não se torna parte da educação cultivar pensamentos religiosos e sentimentos de devoção. Estes devem influenciar e reger todo o ser. Falta o hábito de fazer o que é direito. Há intermitente ação sob influências favoráveis; mas pensar natural e prontamente nas coisas divinas não é o princípio regedor do espírito. [...] CI 188 5 A mente precisa ser educada e disciplinada para amar a pureza. Cumpre estimular o amor pelas coisas espirituais; sim, cumpre estimulá-lo, caso você queira crescer na graça e no conhecimento da verdade. Desejos de bondade e verdadeira santidade são bons, até certo ponto, mas se você se detém aí, de nada valerão. Os bons propósitos são justos, mas não se demonstrarão de nenhum valor, a menos que sejam resolutamente executados. Muitos se perderão enquanto esperam e desejam ser cristãos; não fizeram, porém, nenhum esforço sincero; portanto, serão pesados nas balanças e achados em falta. A vontade precisa ser exercida no devido rumo: Serei um cristão de todo o coração. Conhecerei o comprimento e a largura, a altura e a profundidade do amor perfeito. Escute às palavras de Jesus: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos". Mateus 5:6. São tomadas por Cristo amplas providências para satisfazer o coração que tem fome e sede de justiça. -- Testimonies for the Church 2:262, 264-266. CI 189 1 Crescendo na experiência espiritual -- O puro elemento do amor expandirá a mente para mais altas realizações, para mais amplos conhecimentos das coisas divinas, de modo que ela não se satisfaça senão com a plenitude. A maioria dos professos cristãos não possuem o senso do vigor espiritual que poderiam obter, fossem eles tão ambiciosos, zelosos e perseverantes para adquirirem conhecimento das coisas divinas como são para alcançar as mesquinhas e perecíveis coisas desta vida. As massas que professam ser cristãs, têm-se contentado em ser anões espirituais. Não têm nenhuma disposição de tornarem seu primeiro objetivo buscar "primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça" (Mateus 6:33); assim, a piedade é para eles um mistério oculto, não a podem entender. Não conhecem a Cristo por um conhecimento experimental. CI 189 2 Sejam os homens e mulheres que se satisfazem com seu estado raquítico, debilitado, nas coisas divinas, repentinamente transportados ao Céu, testemunhando por um instante o elevado e santo estado de perfeição ali permanente -- todo coração cheio de amor; todo semblante irradiando alegria; encantadora música a subir em melodiosos acentos em honra a Deus e ao Cordeiro e incessantes torrentes de luz a fluírem sobre os santos procedendo do rosto dAquele que está assentado no trono, e do Cordeiro; e compreendam eles que há ainda mais elevada e maior alegria a experimentar, pois quanto mais recebem de Deus tanto maior é sua capacidade de crescer no júbilo eterno, e assim continuar a receber novas e maiores provisões das incessantes fontes da glória e bem-aventurança inexprimíveis -- e poderão essas pessoas, pergunto, misturar-se à multidão do Céu, participar de seus cânticos celestes, e suportar a glória pura, exaltada, arrebatadora que procede de Deus e do Cordeiro? Oh, não! seu tempo de graça foi prolongado por anos para que pudessem aprender a linguagem do Céu, para que se tornassem "participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo". 2 Pedro 1:4. Eles, porém, tinham um negócio egoísta, deles mesmos, em que ocupar as faculdades mentais e as energias do ser. Não se podiam permitir servir a Deus incondicionalmente, e fazer disto um objetivo. Os empreendimentos mundanos precisavam vir primeiro, e apoderar-se do melhor de suas faculdades, e a Deus dedicavam um pensamento passageiro. Hão de esses ser transformados depois da final decisão: "Quem é santo seja santificado ainda?", "quem está sujo suje-se ainda?" Apocalipse 22:11. Este tempo virá. CI 190 1 Aqueles que educaram a mente em deleitar-se nos exercícios espirituais, são os que podem ser trasladados e não serem oprimidos com a pureza e a transcendente glória do Céu. Você pode ter bom conhecimento das artes, estar familiarizado com as ciências, ser excelente na música e na literatura, suas maneiras podem agradar àqueles com quem convive, mas que têm estas coisas que ver com o preparo para o Céu? Que fazem elas para prepará-lo a fim de comparecer diante do tribunal de Deus? -- Testimonies for the Church 2:266, 267. CI 190 2 O caráter celestial deve ser conquistado na Terra -- "Não vos enganeis: de Deus não se zomba". Gálatas 6:7. Coisa alguma senão a santidade o preparará para o Céu. Unicamente a piedade sincera, experimental, pode dar-lhe um caráter puro, elevado, e habilitá-lo a entrar à presença de Deus, "que habita na luz inacessível". 1 Timóteo 6:16. O caráter celeste deve ser adquirido na Terra, ou jamais se poderá obter. Comece, portanto, imediatamente. Não se iluda de que virá tempo em que poderá fazer mais facilmente um diligente esforço do que agora. Cada dia aumenta sua distância de Deus. Prepare-se para a eternidade com um zelo tal como ainda não manifestou. Eduque sua mente a amar a Bíblia, amar a reunião de oração, a hora de meditação e, acima de tudo, a hora em que a mente comunga com Deus. Volte sua mente para as coisas eternas se quiser unir-se com o coro celestial nas mansões de cima. -- Testimonies for the Church 2:267, 268. CI 190 3 Assegurar-se do amor de Deus enquanto for possível -- Meus pensamentos se volvem ao fiel Abraão, que, em obediência à ordem divina a ele dada em uma visão noturna, em Berseba, segue seu caminho com Isaque ao lado. Vê diante de si o monte que, Deus lhe dissera, havia de indicar como aquele sobre o qual ele devia oferecer o sacrifício. [...] CI 190 4 Isaque é amarrado pelas mãos trementes e amorosas do compassivo pai, porque assim o dissera Deus. O filho submete-se ao sacrifício, porque acredita na integridade de seu pai. Quando tudo está pronto, porém, quando a fé do pai e a submissão do filho são plenamente provadas, o anjo de Deus detém a mão suspensa de Abraão, prestes a matar seu filho, e diz-lhe que basta. "Agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único". Gênesis 22:12. CI 190 5 Este ato de fé da parte de Abraão é registrado para nosso benefício. Ensina-nos a grande lição de confiança nas reivindicações de Deus, por mais rigorosas e pungentes que sejam; e isto ensina aos filhos perfeita submissão a seus pais e a Deus. Pela obediência de Abraão é-nos ensinado que coisa alguma é demasiado preciosa para darmos a Deus. [...] CI 191 1 Deus entregou Seu Filho a uma vida de humilhação, renúncia, pobreza, fadiga, injúria, e à angustiosa morte de cruz. Ali não houve, porém, nenhum anjo a levar a feliz mensagem: "Basta; não é preciso que morras, Meu bem-amado Filho." Havia legiões de anjos em dolorosa expectativa, na esperança de que, como no caso de Isaque, no derradeiro momento, Deus impediria essa vergonhosa morte. Aos anjos, no entanto, não foi permitido levar uma mensagem assim ao querido Filho de Deus. Prosseguiu a humilhação no tribunal e no caminho do Calvário. Foi escarnecido, ridicularizado e cuspiram nEle. Suportou as zombarias, os insultos e os ultrajes dos que O aborreciam, até pender a cabeça sobre a cruz e expirar. CI 191 2 Poderia Deus dar-nos prova maior de Seu amor do que em assim entregar Seu Filho para passar por tal cena de sofrimento? E como o dom de Deus ao ser humano foi gratuito e Seu amor sem fim, assim também Suas reivindicações sobre nossa confiança, nossa obediência, todo o nosso coração e a riqueza de nossas afeições são correspondentemente infinitos. Ele requer tudo quanto é possível ao homem dar. A submissão de nossa parte deve ser proporcional ao dom de Deus; importa que seja completa, sem faltar em coisa alguma. Somos todos devedores a Deus. Ele tem sobre nós reivindicações que não podemos satisfazer, a não ser nos entregando em sacrifício total e voluntário. Ele pede pronta e voluntária obediência, e nada menos do que isto será aceito. Temos agora oportunidade de assegurar-nos a afeição e o favor de Deus. Este ano talvez seja o último na vida de alguns que lêem isto. Haverá entre os jovens que lêem este apelo alguém que prefira os prazeres do mundo à paz dada por Cristo ao sincero indagador e alegre praticante de Sua vontade? -- Testimonies for the Church 3:368-370. CI 191 3 Pesado nas balanças celestiais -- Deus está pesando nosso caráter, nossa conduta e nossos motivos na balança do santuário. Terrível coisa será ser declarado em falta em amor e obediência por nosso Redentor, que morreu na cruz a fim de atrair a Si nosso coração. Grandes e preciosos dons nos tem Deus concedido. Tem-nos dado luz e conhecimento de Sua vontade, de modo que não necessitamos errar ou andar em trevas. Ser pesado na balança e achado em falta no dia do ajuste final e das recompensas será coisa tremenda, erro terrível que jamais se poderá corrigir. Queridos jovens, será o livro de Deus pesquisado em vão quanto aos seus nomes? CI 191 4 Deus lhes designou uma obra a fazer para Ele, a qual os tornará colaboradores Seus. Por toda parte ao seu redor há pessoas por salvar. Há pessoas a quem vocês podem animar e beneficiar mediante seus sinceros esforços. Vocês podem desviar pessoas do pecado para a justiça. Quando experimentarem o senso de sua responsabilidade para com Deus, sentirão a necessidade de ser mais fiéis em oração e mais fiéis em vigiar contra as tentações de Satanás. Se vocês são realmente cristãos, hão de sentir-se mais inclinados a entristecer-se por causa das trevas morais que há no mundo do que a condescender com a leviandade e o orgulho no vestuário. Achar-se-ão entre os que choram e gemem por causa das abominações que se cometem na nação. Resistirão às tentações de Satanás para condescender com a vaidade, os enfeites e adornos para ostentação. Torna-se estreita a mente e atrofiado o intelecto que pode achar satisfação nessas coisas frívolas em detrimento às altas responsabilidades. CI 192 1 Os jovens de nossos dias podem ser colaboradores de Cristo, se assim o quiserem; e no trabalho sua fé se fortalecerá e aumentará seu conhecimento da vontade divina. Todo verdadeiro propósito e todo proceder justo serão registrados no livro da vida. Eu desejaria poder despertar os jovens para verem e sentirem a pecaminosidade de viverem para agradarem a si mesmos, rebaixando o intelecto ao nível das coisas mesquinhas e vãs desta vida. Caso eles elevassem o pensamento e as palavras acima das frívolas atrações do mundo, tomando como objetivo glorificar a Deus, Sua paz, "que excede todo o entendimento" (Filipenses 4:7), seria por eles desfrutada. -- Testimonies for the Church 3:370, 371. CI 192 2 Deus quer que os jovens se tornem homens de espírito zeloso, a fim de estarem preparados para a ação em Seu nobre trabalho e serem aptos a assumir responsabilidades. Deus pede jovens de coração incorrupto, fortes e valorosos, e determinados a combater varonilmente na luta que se acha diante deles, a fim de glorificarem a Deus e beneficiarem a humanidade. Se a juventude apenas fizesse da Bíblia o seu estudo, apenas serenasse seus impetuosos desejos e ouvisse a voz de seu Criador e Redentor, não só estaria em paz com Deus, mas ela própria se acharia enobrecida e elevada. [...] CI 192 3 Levai a luz aonde quer que fordes; mostrai que tendes força de propósito, que não sois pessoas indecisas, facilmente dominadas por maus companheiros. Não estejais prontos para anuir às sugestões dos que desonram a Deus, mas antes procurai reformar, reaver e salvar almas do mal. CI 192 4 Recorrei à oração, persuadi com mansidão e humildade de espírito aos que se opõem. Uma alma salva do erro e levada sob o estandarte de Cristo, causará alegria no Céu e colocará uma estrela em vossa coroa de honra. Uma pessoa salva levará, por sua piedosa influência, outras ao conhecimento da salvação, e assim a obra se multiplicará, e só as revelações do dia do juízo tornarão manifesta a extensão da mesma. CI 192 5 Não hesiteis em trabalhar pelo Senhor, por pensardes que pouco podeis fazer. Fazei com fidelidade o vosso pouco; pois Deus cooperará com vossos esforços. Ele escreverá vosso nome no livro da vida, como o de uma pessoa digna de entrar no gozo do Senhor. -- Mensagens aos Jovens, 21, 23. ------------------------Capítulo 36 -- A melhor disciplina e a educação de nossos filhos CI 193 1 A influência dominante no mundo, é consentir que os jovens sigam a inclinação natural de seu espírito. E quando são muito desenfreados na juventude, os pais dizem que hão de endireitar depois de algum tempo, e quando estiverem com dezesseis ou dezoito anos, raciocinarão por si, e deixarão seus maus hábitos, tornando-se afinal homens e mulheres úteis. Que engano! Permitem por anos que um inimigo semeie o jardim do coração, admitem que os errôneos princípios se desenvolvam e assim, em muitos casos, todo o labor empregado posteriormente naquele solo, nada aproveitará. CI 193 2 Satanás é um astucioso e perseverante operário, um inimigo mortal. Quando quer que uma palavra inadvertida for dita para prejuízo da juventude, seja em lisonja, seja para fazê-los considerar com menos aversão a algum pecado, Satanás aproveita-se disto, e nutre a má semente, para que ela deite raiz e dê colheita abundante. Alguns pais têm permitido que os filhos formem maus hábitos, cujos vestígios poderão ser vistos através de toda a vida. Pesa sobre os pais esse pecado. Esses filhos podem professar cristianismo, todavia, sem uma obra especial da graça em seu coração, e uma completa reforma na vida, seus hábitos passados se manifestarão em toda a sua existência e ostentarão justamente o caráter que os pais permitiram que eles formassem. -- Testimonies for the Church 1:403. CI 193 3 Os pais devem governar os filhos, corrigir-lhes as paixões e subjugá-las, do contrário Deus seguramente destruirá os filhos no dia de Sua ardente ira, e os pais que não controlaram os filhos não ficarão sem culpa. Especialmente os servos de Deus devem governar a própria família, mantendo-a em boa sujeição. Vi que eles não estão habilitados para julgar ou decidir os negócios da igreja, a menos que possam governar bem a própria casa Devem ter primeiro ordem em casa, e então seu juízo e influência terão peso na igreja. -- Testimonies for the Church 1:119. CI 193 4 Todo filho e filha devem ser chamados a prestar contas quando se ausentam de casa à noite. Os pais devem saber em que companhia andam os filhos, e em que casa passam eles o serão. -- Testimonies for the Church 4:651. CI 194 1 A filosofia humana não descobriu mais do que Deus sabe nem inventou um plano mais sábio de tratar com crianças do que o que é dado por nosso Senhor. Quem pode melhor compreender todas as necessidades das crianças do que o seu Criador? Quem pode sentir mais profundo interesse em seu bem-estar do que Aquele que as comprou com o Seu sangue? Se a Palavra de Deus fosse cuidadosamente estudada e fielmente obedecida, haveria menos angústia de alma por conduta perversa de filhos ímpios. [...] CI 194 2 Os filhos têm reivindicações que os pais devem reconhecer e respeitar. Eles têm direito a privilégios tais como educação e instrução que os farão membros úteis da sociedade, respeitados e amados aqui, e lhes darão aptidão moral para a sociedade do puro e santo porvir. Aos jovens deve ensinar-se que o seu bem-estar tanto presente como futuro depende em grande medida dos hábitos que formarem na meninice e na juventude. -- O Lar Adventista, 306, 307. CI 194 3 Homens e mulheres que professam reverenciar a Bíblia e seguir-lhe os ensinos, deixam em muitos aspectos de praticar o que ela requer. Na educação dos filhos, seguem sua própria natureza perversa, em vez da revelada vontade de Deus. Esta negligência do dever implica na perda de milhares de vidas. A Bíblia expõe regras para a correta disciplina dos filhos. Fossem esses preceitos de Deus acatados pelos pais, e veríamos hoje diferente classe de jovens apresentar-se na arena de ação. Mas pais que professam ser leitores e seguidores da Bíblia, procedem diretamente em contrário aos seus ensinamentos. Ouvimos o grito de tristeza e angústia de pais e mães que choram a conduta de seus filhos, mal reconhecendo que estão trazendo sobre si esta tristeza e angústia, e arruinando os filhos, por sua errada afeição. Não reconhecem as responsabilidades que Deus lhes deu, de educarem os filhos de modo a adquirirem hábitos corretos desde a infância. -- Testimonies for the Church 4:313. CI 194 4 Os filhos cristãos preferem o amor e aprovação de seus pais tementes a Deus, a toda bênção terrena. Amarão e honrarão a seus pais. Deve constituir um dos principais cuidados de sua vida saber como hão de tornar seus pais felizes. Nesta época rebelde, os filhos que não receberam a devida instrução e disciplina, têm bem pouca compreensão de sua obrigação para com os pais. Dá-se muitas vezes que, quanto mais os pais fazem por eles, tanto mais ingratos são, e menos os respeitam. [...] CI 194 5 Em grande parte, os pais têm nas mãos a futura felicidade de seus filhos. Repousa sobre eles a importante obra de formar o caráter dos mesmos. Os ensinos ministrados na infância os acompanharão através da vida. Os pais semeiam as sementes que brotarão e darão frutos, seja para bem, seja para mal. Eles podem habilitar seus filhos e filhas para a felicidade ou para a miséria. -- Testimonies for the Church 1:392, 393. CI 194 6 É preciso haver harmonia entre os pais -- As crianças têm natureza amorável e sensível. Facilmente se sentem contentes e facilmente se sentem infelizes. Mediante disciplina gentil em palavras e atos de amor pode a mãe unir os filhos ao seu coração. É grande erro mostrar severidade e ser muito exigente com as crianças. Firmeza uniforme e controle tranqüilo são necessários na disciplina de toda a família. Diga calmamente o que pretende, aja com consideração e sem desvios ponha em prática o que diz. -- Testimonies for the Church 3:532. CI 195 1 Os pais não se devem esquecer dos anos de sua infância, de quanto anelavam simpatia e amor, e como se sentiam infelizes quando censurados e repreendidos com irritação. Devem ser novamente jovens em seus sentimentos, e levar a mente a compreender as necessidades das crianças. Mas com firmeza, misturada com amor, devem exigir obediência dos filhos. A palavra dos pais deve ser imediatamente obedecida. -- Testimonies for the Church 1:388. CI 195 2 Falta de firmeza no governo da família produz grande dano; com efeito, é quase tão mau como não haver governo nenhum. Muitas vezes se faz a pergunta: Por que os filhos de pais religiosos são não raro teimosos, desafiadores, rebeldes? A razão encontra-se na educação do lar. [...] CI 195 3 Se os pais não estão de acordo em alguma coisa, afastem-se da presença dos filhos até que uma solução seja encontrada. [...] CI 195 4 Se os pais estão unidos nesta obra de disciplina, os filhos compreenderão o que deles se requer. Mas se o pai, pela palavra ou por um olhar, não aprova a disciplina que a mãe impõe; se acha que ela é demasiado estrita e que ele deve compensar a dureza por mimos e condescendência, a criança ficará arruinada. Logo ela compreenderá que pode fazer o que apraz. Os pais que cometem este pecado contra os filhos são responsáveis pela ruína de suas almas. -- O Lar Adventista, 310, 314, 315. CI 195 5 Primeiro devem os pais aprender a se dominarem, depois poderão ser mais bem-sucedidos em controlar os próprios filhos. Toda vez que eles perdem o domínio de si mesmos, e falam e agem impacientemente, pecam contra Deus. Devem antes raciocinar com os filhos, apontar-lhes claramente seus erros, mostrar-lhes seu pecado, e impressioná-los com o pensamento de que não somente pecaram contra seus pais, mas contra o Senhor. Tendo o próprio coração submisso e cheio de piedade e dor por seus filhos errantes, orem com eles antes de corrigi-los. Então a disciplina não os levará a lhes aborrecerem. Hão de amá-los. Verão que não os castigam por haverem contrariado vocês, ou porque desejam descarregar sobre eles seu desagrado; mas por um sentimento de dever, para seu bem, para não serem deixados a crescer no pecado. -- Testimonies for the Church 1:398. CI 195 6 O perigo do rigor excessivo -- Há muitas famílias com crianças que parecem bem-educadas enquanto se encontram sob a disciplina; porém, quando o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. [...] CI 195 7 A rigorosa educação dos jovens, sem lhes dirigir convenientemente o modo de pensar e proceder por si mesmos na medida que o permitam sua capacidade e as tendências da mente, para que assim eles se desenvolvam no pensar, nos sentimentos de respeito por si próprios e na confiança em sua capacidade de executar, produzirá uma classe fraca em força mental e moral. E quando estiverem no mundo, para agir por si mesmos, revelarão o fato de que foram ensinados, como os animais, e não educados. Em vez de sua vontade ser dirigida, foi forçada à obediência mediante rude disciplina por parte dos pais e mestres. CI 196 1 Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado deixariam de gabar-se caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo despreparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais estão sujeitos aos pais e mestres e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito, e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa. Pudessem os instrutores de crianças e jovens ter traçado diante de si o futuro resultado de sua errada disciplina, mudariam seu plano de educação. Essa espécie de professores que se satisfaz com o manter quase inteiro domínio sobre a vontade dos alunos não é a mais bem-sucedida, embora a aparência no momento seja lisonjeira. [...] CI 196 2 Mantêm-se com frequência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração dos educandos. Caso reunissem as crianças bem junto a si, mostrassem que as amam, manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em seus esportes, tornando-se por vezes uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. -- Testimonies for the Church 3:132-135. CI 196 3 Por outro lado, os jovens não devem ser deixados a pensar e proceder independentemente do juízo de seus pais e mestres. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o juízo da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Devem ser de tal maneira educadas que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, e instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao saírem de sob a mão orientadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. -- Testimonies for the Church 3:133. CI 196 4 Deixar que a criança cresça ignorante é um pecado -- Alguns pais têm deixado de dar aos filhos educação religiosa, e também negligenciado sua instrução escolar. Nem uma nem outra devia ter sido esquecida. A mente das crianças é ativa, e, caso não seja empregada em trabalho físico, ou ocupada no estudo, estará exposta às más influências. É pecado os pais permitirem que seus filhos cresçam na ignorância. Devem fornecer-lhes livros bons e interessantes, e ensiná-los a trabalhar, a terem horas de labor físico, e horas para dedicarem ao estudo e à leitura. Os pais devem buscar elevar a mente de suas crianças, e desenvolver-lhes as faculdades mentais. A mente deixada a si mesma, inculta, é geralmente baixa, sensual e corrupta. Satanás aproveita sua oportunidade, e educa as mentes ociosas. -- Testimonies for the Church 1:398, 399. CI 197 1 A obra da mãe começa com a criança. Ela deve dominar a vontade e o temperamento da criança, levando-a à sujeição, ensinando-a a obedecer. À medida que a criança vai crescendo, não deve ela afrouxar a mão. Toda mãe deve tomar tempo para raciocinar com seus filhos, para corrigir-lhes os erros, e ensinar-lhes pacientemente o caminho direito. Os pais cristãos devem saber que estão instruindo e preparando os filhos para se tornarem filhos de Deus. Toda a vida religiosa das crianças é influenciada pelas instruções dadas, e o caráter formado na infância. Caso a vontade não seja então submetida e levada a ceder à vontade dos pais, difícil será a tarefa de aprender a lição nos anos posteriores. Que luta difícil, que conflito, sujeitar aquela vontade que nunca foi subordinada, ao que Deus requer! Os pais que negligenciam esta importante obra, cometem grande erro, e pecam contra as pobres crianças, e contra Deus. -- Testimonies for the Church 1:390, 391. CI 197 2 Pais, se deixais de dar aos filhos a educação que Deus tornou vosso dever dar-lhes, tanto por preceito como por exemplo, tereis de responder a vosso Deus pelos resultados. Estes resultados não serão confinados meramente a vossos filhos, mas alcançarão gerações. Assim como um cardo que se permite crescer no campo produz uma colheita segundo a sua espécie, os pecados resultantes de vossa negligência realizarão a ruína de todos que estiverem em sua esfera de influência. -- O Lar Adventista, 172, 173. CI 197 3 A maldição de Deus pesará sobre os pais infiéis. Eles não somente estão plantando espinhos que os hão de ferir aqui, mas encontrarão a própria infidelidade quando se assentar o juízo. Muitos filhos se erguerão no juízo e condenarão os pais por não os haverem reprimido, e os acusarão de serem destruídos. A falsa compaixão e o amor cego dos pais fazem com que eles desculpem as faltas dos filhos, deixando-as sem correção, e os filhos se perdem em conseqüência disso, e o sangue de sua alma recairá sobre os pais infiéis. -- Orientação da Criança, 563, 564. CI 197 4 O pecado da preguiça -- Foi-me mostrado que muito pecado é resultado da preguiça. Mãos e mentes ativas não acham tempo para dar ouvidos a toda tentação sugerida pelo inimigo; as mãos e os cérebros ociosos, porém, estão sempre em condições de ser controlados por Satanás. Quando não devidamente ocupada, a mente demora-se em coisas impróprias. Os pais devem ensinar a seus filhos que a ociosidade é pecado. -- Testimonies for the Church 1:395. CI 197 5 Nada há que mais conduz seguramente ao mal do que levar todas as cargas dos filhos, deixando-lhes a vida sem objetivo, na indolência, sem nada fazer, ou ocupando-se com o que lhes aprouver. As crianças têm a mente ativa, e se se não a ocupam com o que é bom e útil, farão inevitavelmente o que é mau. Conquanto seja justo e necessário que tenham recreação, devem ser ensinados a trabalhar, devem ter horas regulares de trabalho físico bem como para leitura e estudo. Vede que tenham ocupação de trabalho proporcional à sua idade, e sejam supridos com livros úteis e interessantes. -- O Lar Adventista, 284. CI 198 1 As crianças freqüentemente iniciam um serviço com entusiasmo, mas, encontrando dificuldade ou cansando-se dele, desejam mudar e empreender alguma coisa nova. E assim vão passando de uma coisa para outra, sem nada completar. Os pais não devem permitir que os filhos sejam dominados pelo amor à variação. Não devem ocupar-se tanto com outras coisas que não tenham tempo para disciplinar pacientemente as mentes em formação. Algumas palavras de animação ou um pouco de ajuda no momento apropriado podem auxiliá-los a transpor a dificuldade e o desalento, e a satisfação resultante de completarem a tarefa que empreenderam os incentivará a serem mais diligentes. -- Testimonies for the Church 3:147, 148. CI 198 2 As crianças que foram mimadas e servidas, esperam sempre isto; e caso sua expectativa não se realize, ficam decepcionadas e perdem o ânimo. Essa mesma disposição se manifestará através de toda a sua vida; serão incapazes, dependendo do auxílio de outros, esperando que outros os favoreçam, e lhes façam concessões. E caso encontrem oposição, mesmo depois de atingirem a idade adulta, julgam-se maltratados; e assim atravessam penosamente o caminho pelo mundo, mal sendo capazes de levar as próprias cargas, murmurando e irritando-se freqüentemente porque tudo não vai à medida de seus desejos. -- Testimonies for the Church 1:392, 393. CI 198 3 Uma mulher comete para consigo mesma e a família uma grave injustiça quando ela faz seu trabalho e o deles também -- quando traz a lenha e a água, e até pega o machado para cortar a lenha, enquanto o marido e os filhos se sentam por perto do fogo, entretendo-se em conversar. Nunca foi desígnio de Deus que as mães e esposas fossem escravas de suas famílias. Muita mãe se acha sobrecarregada de cuidados, ao passo que os filhos não são educados a partilhar dos encargos domésticos. Em conseqüência, elas envelhecem e morrem prematuramente, deixando os filhos justamente quando a mãe é mais necessária para guiá-los em sua inexperiência. De quem é a culpa? CI 198 4 Os maridos devem fazer tudo quanto lhes seja possível para poupar cuidados à esposa, e manter-lhe o espírito animoso. Nunca se deve fomentar ou permitir nos filhos a preguiça, pois em breve se torna hábito. -- Testimonies for the Church 5:180, 181. CI 198 5 Os pais devem conduzir seus filhos a Cristo -- As crianças talvez desejem fazer o que é direito, talvez se proponham no coração a ser obedientes e bondosas para com seus pais ou responsáveis; mas necessitam da parte deles auxílio e animação. Farão boas resoluções, mas a menos que seus princípios sejam fortalecidos pela religião, e sua vida influenciada pela renovadora graça de Deus, deixarão de atingir o alvo. CI 199 1 Cumpre aos pais redobrarem seus esforços pela salvação dos filhos. Devem instruí-los fielmente, não permitindo que obtenham como melhor puderem a própria educação. Não se deve permitir que os jovens aprendam o bem e o mal, indiscriminadamente, com a idéia de que um dia, no futuro, o bem predominará, e o mal perderá sua influência. O mal aumentará mais depressa do que o bem. -- Testimonies for the Church 1:399, 400. CI 199 2 Pais, vocês devem começar a disciplinar o espírito de seus filhos enquanto bem novos, visando que venham a ser cristãos. Seja todo o seu esforço para sua salvação. Procedam como se eles fossem confiados aos seus cuidados a fim de serem preparados, qual jóias preciosas, para brilharem no reino de Deus. Acautelem-se, não os embalem para adormecerem à beira do abismo da destruição, com a errônea idéia de que não têm idade suficiente para serem responsáveis, para se arrependerem de seus pecados e professarem a Cristo. [...] CI 199 3 Os pais devem expor e simplificar o plano da salvação a seus filhos, de modo que o tenro espírito dos mesmos o possa apreender. As crianças de oito, dez, ou doze anos, já têm idade suficiente para serem dirigidas ao tema da religião individual. Não ensinem seus filhos com referência a um tempo futuro em que eles terão idade bastante para se arrependerem e crerem na verdade. Caso sejam devidamente instruídas, crianças bem novas podem ter idéias corretas quanto a seu estado de pecadores, e ao caminho da salvação por meio de Cristo. Os pastores são em geral bastante indiferentes para com a salvação das crianças, e não se dirigem a elas tão pessoalmente como devem. Passam desaproveitadas, com freqüência, áureas oportunidades de impressionar a mente delas. -- Testimonies for the Church 1:396, 400. CI 199 4 Pais e mães, conseguem vocês reconhecer a importância da sua responsabilidade? Percebem a necessidade de resguardar os filhos dos hábitos negligentes, desmoralizadores? Só permitam que os filhos formem amizades que tenham boa influência sobre seu caráter. Não permitam que estejam fora de casa à noite, a não ser que saibam onde estão e o que fazem. Se negligenciaram ensinar-lhes mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, comecem imediatamente a cumprir seu dever. Assumam suas responsabilidades e trabalhem para o tempo e a eternidade. Não deixem passar nem um dia mais sem confessar aos filhos sua negligência. Digam-lhes que pretendem agora fazer a obra designada por Deus. Peçam-lhes que se juntem na obra de reforma. Façam esforços diligentes para remir o passado. Não permaneçam por mais tempo no estado da igreja de Laodicéia. Em nome do Senhor, rogo a toda família que mostre suas verdadeiras cores. Reformem a igreja que corresponde à sua própria casa. -- Testimonies for the Church 7:66, 67. CI 200 1 Não negligenciar as necessidades espirituais -- Foi-me mostrado que, enquanto os pais tementes a Deus restringem seus filhos, devem estudar-lhes a disposição e temperamento, e procurar satisfazer-lhes as necessidades. Alguns pais atendem cuidadosamente às necessidades temporais dos filhos; tratam-nos fiel e bondosamente na enfermidade, e pensam então haver cumprido seu dever. Nisto se enganam. Sua obra apenas começou. Importa cuidarem das necessidades do espírito. Requer-se habilidade para aplicar os remédios apropriados para curar uma mente magoada. CI 200 2 As crianças têm provações tão difíceis de suportar, tão penosas em sua natureza, como as pessoas de mais idade. Os próprios pais não se sentem sempre da mesma maneira. Seu espírito se acha muitas vezes perplexo. Agem movidos por pontos de vista e sentimentos errados. Satanás os esbofeteia, e cedem-lhe às tentações. Falam irritados, e de maneira a despertar a ira dos filhos, e são às vezes exigentes e impacientes. As pobres crianças partilham do mesmo espírito, e os pais não se acham preparados para as ajudar, pois foram a causa do mal. Por vezes tudo parece dar errado. Há irritação ao redor, e todos passam momentos deploráveis e infelizes. Os pais lançam a culpa sobre os pobres filhos, e julgam-nos muito desobedientes e indisciplinados, as piores crianças do mundo, quando a causa da perturbação se encontra neles próprios. CI 200 3 Alguns pais suscitam muita tempestade por sua falta de domínio próprio. Em lugar de pedirem bondosamente aos filhos para fazerem isto ou aquilo, ordenam em tom de repreensão, tendo ao mesmo tempo nos lábios uma censura ou reprovação que as crianças não mereceram. Pais, essa conduta seguida para com seus filhos destrói-lhes a felicidade e a ambição. Fazem o que vocês ordenam, não por amor, mas porque não ousam proceder diversamente. Não têm o coração no que fazem. É um trabalho servil, em vez de um prazer, e isto os leva a esquecer-se de seguir suas orientações, o que lhes aumenta a irritação, e se torna ainda pior para as crianças. Repetem-se as censuras, sua má conduta é exibida diante delas. [...] CI 200 4 Não se mostrem aos seus filhos de rosto triste. Se eles cedem à tentação, e depois reconhecem seu erro e se arrependem, perdoem-lhes tão francamente como vocês esperam ser perdoados por seu Pai do Céu. Instruam-nos bondosamente, e os liguem ao coração. É um tempo crítico para as crianças. Influências serão exercidas sobre elas a fim de aliená-las de vocês, e cumpre-lhes contrabalançá-las. Ensinem-lhes a fazerem de vocês seus confidentes. Segredem-lhes elas ao ouvido suas provas e alegrias. Animando isto, poupá-las-ão a muitos laços preparados por Satanás para seus inexperientes pés. Não tratem seus filhos apenas com severidade, esquecendo a própria infância de vocês, e que eles não passam de crianças. Não esperem que sejam perfeitos, nem busquem torná-los de repente homens e mulheres em seus atos. Assim fazendo, fecharão a porta de acesso que, de outro modo, a eles vocês poderiam ter, e os impelirão a abrir outra porta às influências prejudiciais, a que outros lhes envenenem a mente juvenil antes que vocês despertem para o perigo que correm. -- Testimonies for the Church 1:384, 385, 387. CI 201 1 Não corrigir com ira -- Caso vossos filhos sejam desobedientes, devem ser corrigidos [...] Antes de corrigi-los, ide à parte e pedi ao Senhor que abrande e domine o coração de vossos filhos e que vos dê sabedoria ao lidar com eles. Nunca soube, em caso algum, que esse método falhasse. Não podeis fazer uma criança compreender as coisas espirituais quando o coração [dos pais] está cheio de ira. [...] CI 201 2 Deveis corrigir vossos filhos com amor. Não permitais que sigam seu próprio caminho até que estejais irados e então os castigueis. Tal correção só ajuda o mal, em vez de remediá-lo. CI 201 3 Irar-se com a criança que erra é aumentar o mal. Isso desperta as piores paixões da criança e a leva a pensar que não vos importais com ela. Raciocina consigo mesma que não a poderíeis tratar desse modo se vos importásseis. CI 201 4 Julgais que Deus não toma conhecimento do modo em que essas crianças são corrigidas? Ele sabe. E sabe também quais poderiam ser os benditos resultados, se o trabalho de correção fosse feito de molde a ganhar, em vez de repelir. -- Orientação da Criança, 244, 245. CI 201 5 A importância de ser absolutamente honesto com os filhos -- Os pais devem ser modelos de veracidade, pois essa é a lição diária que deve ser inculcada no coração da criança. Princípios firmes devem governar os pais em todos os negócios da vida, especialmente na educação e no preparo dos filhos. "Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta". Provérbios 20:11. CI 201 6 Uma mãe a quem falta discernimento, e que não segue a orientação do Senhor, pode educar os filhos para serem enganadores e hipócritas. Os traços de caráter assim alimentados, podem tornar-se tão persistentes que mentir seja tão natural como respirar. A falsidade será tomada por sinceridade e verdade. CI 201 7 Pais, nunca mentir nem dizer uma inverdade por preceito ou exemplo. Se quiserdes que vossos filhos sejam fiéis, sede fiéis vós mesmos. Sede retos e firmes. Nem mesmo a menor mentira deve ser permitida. Se a mãe está acostumada a mentir e a não ser veraz, a criança segue seu exemplo. [...] CI 201 8 É essencial que a honestidade seja praticada em todos os detalhes da vida da mãe, e é importante que nos ensino dos filhos se ensine às meninas, bem como aos meninos, a nunca agir de má fé ou enganar no mínimo que seja. -- Orientação da Criança, 151, 152. CI 201 9 O desenvolvimento do caráter -- Deus tem dado aos pais o seu trabalho: formar o caráter dos filhos segundo o Modelo divino. Por Sua graça poderão realizar a tarefa; mas isso exigirá esforço paciente e consciencioso, não menos que firmeza e decisão para guiar a vontade e restringir as paixões. Um campo deixado ao abandono só produz espinhos e cardos. Aquele que quer alcançar uma colheita para a utilidade e beleza deve primeiro preparar o solo e espalhar a semente, então cavar ao redor dos novos rebentos, removendo o mato e afofando a terra, e as preciosas plantas florescerão, recompensando-lhe ricamente o cuidado e o labor. -- Orientação da Criança, 169. CI 202 1 A fortaleza de caráter consiste em duas coisas -- força de vontade, e domínio de si mesmo. Muito jovem confunde paixão forte, desenfreada, com força de caráter; o fato, porém, é que aquele que é dominado pelas paixões é um homem fraco. A genuína grandeza e nobreza do homem, mede-se pela força dos sentimentos que ele subjuga, não pela dos que o dominam. O homem mais forte é aquele que, embora sensível aos maus-tratos, ainda refreia a paixão e perdoa aos inimigos. Tais homens são verdadeiros heróis. CI 202 2 Muitos têm tão imperfeita idéia quanto ao que se podem tornar, que permanecerão sempre raquíticos e mesquinhos quando, se aproveitassem as faculdades que Deus lhes concedeu, poderiam desenvolver caráter nobre, e exercer influência de molde a ganhar almas para Cristo. Conhecimento é poder; a capacidade intelectual, porém, sem bondade de coração, é uma força para o mal. CI 202 3 Deus nos deu as faculdades intelectuais e morais que possuímos; mas toda pessoa é, em grande medida, o arquiteto do próprio caráter. Dia a dia a estrutura aumenta. A Palavra de Deus adverte-nos a cuidar em como construímos, para ver que nosso edifício se ache fundado sobre a Rocha Eterna. Aproxima-se o tempo em que a obra que fazemos se revelará tal qual é. Agora é o tempo de todos cultivarem as faculdades que Deus lhes deu, a fim de formarem caráter que seja útil aqui, e tenham uma vida mais elevada no porvir. CI 202 4 Todo ato da vida, por mais insignificante, tem sua influência na formação do caráter. Um caráter bem formado é mais precioso que as posses mundanas; e moldá-lo é a obra mais nobre em que os homens possam se empenhar. CI 202 5 O caráter formado segundo as circunstâncias é mutável e discordante -- uma massa de contradições. Seus possuidores não têm nenhum objetivo elevado ou propósito na vida. Não exercem nenhuma influência enobrecedora no caráter dos outros. São destituídos de finalidade e de poder. CI 202 6 O pequeno prazo de vida que nos é designado aqui, deve ser sabiamente aproveitado. Deus quer que Sua igreja seja viva, consagrada e ativa. Nosso povo, porém, como corporação, acha-se longe disso agora. Deus pede almas fortes, valorosas, cristãos vivos e laboriosos, que sigam o verdadeiro Modelo e exerçam decidida influência em favor de Deus e do que é correto. Qual sagrado depósito, concedeu-nos o Senhor as mais importantes e solenes verdades, e devemos mostrar a influência delas sobre nossa vida e caráter. -- Testimonies for the Church 4:656, 657. CI 203 1 Uma experiência pessoal -- Algumas mães não são uniformes no tratamento de suas crianças. Têm às vezes condescendências que lhes são nocivas; e de outras vezes, recusam qualquer inocente satisfação que tornaria deveras felizes o coraçãozinho infantil. Assim fazendo, elas não imitam a Cristo; Ele amava as crianças; compreendia-lhes os sentimentos, e interessava-Se por elas, fosse em seus prazeres, fosse em suas provações. -- A Ciência do Bom Viver, 390. CI 203 2 Quando as crianças pedirem para fazer parte deste grupo ou reunir-se a algum outro para uma reunião de divertimento, dizei-lhes: "Não posso permitir que vão, filhos; assentem-se aqui e lhes direi por quê. Estou construindo uma obra para a eternidade e para Deus. Deus os entregou a mim e os confiou a meus cuidados. Estou posta no lugar de Deus para vocês, meus filhos; portanto devo vigiá-los como quem tem contas a prestar no dia de Deus. Querem vocês que o nome de mamãe apareça nos livros do Céu como alguém que falhou no desempenho de seus deveres para com os filhos, ou que tenha permitido ao inimigo ocupar o terreno que ela devia ter ocupado? Filhos, vou dizer-lhes qual é o caminho certo, e se escolherem afastar-se de mamãe e seguir os caminhos da impiedade, mamãe ficará isenta de culpa, mas vocês terão de sofrer por seus próprios pecados." CI 203 3 Este foi o procedimento que adotei com meus filhos, e antes que eu me desse conta eles estavam em lágrimas e diziam: "Não gostaria de orar por nós?" Bem, eu jamais recusei orar por eles, ajoelhando-me a seu lado. Nessas ocasiões tenho atravessado a noite até Sol alto em súplica a Deus por eles, para que o encantamento do inimigo seja quebrado, e tenho alcançado a vitória. Embora me custe noites de labor, sinto-me regiamente paga quando meus filhos se me dependuram ao pescoço e dizem: "Oh, mãe, sentimo-nos tão felizes por não nos haver deixado ir aonde havíamos desejado. Agora vemos que teria sido errado fazê-lo." CI 203 4 Pais, esta é a maneira como deveis agir: com convicção. Tendes de empenhar-vos neste trabalho, se esperais salvar vossos filhos para o reino de Deus. -- O Lar Adventista, 528, 529. CI 203 5 Jamais poderá ser dada a devida educação aos jovens deste país, ou de qualquer outro, a menos que estejam separados a uma vasta distância das cidades. Os costumes e práticas das cidades incapacitam a mente dos jovens para a percepção da verdade. -- Fundamentos da Educação Cristã, 312. CI 203 6 Os pais necessitam mais da direção divina -- Não poderão impunemente descuidar do devido preparo de seus filhos. Os defeitos de caráter deles demonstrarão sua infidelidade. Os males que vocês deixam passar sem correção, as maneiras ásperas, rudes, o desrespeito e a desobediência, os hábitos de indolência e desatenção, lhes trarão desonra para o nome e amargura à vida. O destino de seus filhos está em grande parte em suas mãos. Deixar de cumprir o dever agora, poderá colocá-los nas fileiras do inimigo e torná-los agentes seus na derrota de outros; por outro lado, se fielmente forem instruídos, se em sua própria vida virem um exemplo piedoso, poderão levá-los a Cristo, e eles, por sua vez, influenciarão outros, e assim muitos poderão ser salvos por sua atuação. -- Testimonies for the Church 7:66. CI 204 1 Deus deseja que tratemos nossos filhos com simplicidade. Somos sujeitos a esquecer-nos de que as crianças não tiveram a vantagem de longos anos de ensino que as pessoas de mais idade têm tido. Se os pequeninos em todos os sentidos não agem de acordo com as nossas idéias, às vezes pensamos que eles merecem uma repreensão. Mas isso não melhorará a questão. Levai-as ao Salvador e dizei-Lhe tudo a esse respeito: então crede que Sua bênção repousará sobre eles. -- Orientação da Criança, 287. CI 204 2 Os filhos devem ser ensinados a respeitar e reverenciar a hora de oração. Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida, e o pai ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. Vão com humildade, coração cheio de ternura, e com o senso das tentações e perigos que se acham diante de vocês e de seus filhos; pela fé, atem-nos ao altar, suplicando para eles o cuidado do Senhor. Anjos ministradores hão de guardar as crianças assim consagradas a Deus. É o dever dos pais cristãos, de manhã e à tarde, pela fervente oração e fé perseverante, porem um muro em torno de seus filhos. Cumpre-lhes instruí-los pacientemente -- bondosa e infatigavelmente ensinem-lhes a viver de maneira a agradar a Deus. -- Testimonies for the Church 1:397, 398. CI 204 3 Ensinai vossos filhos que têm o privilégio de receber cada dia o batismo do Espírito Santo. Que Cristo ache em vós Sua mão auxiliadora a fim de executar os Seus propósitos. Pela oração podeis adquirir uma experiência que faça de vosso ministério em prol de vossos filhos um perfeito êxito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 131. CI 204 4 O poder das orações de uma mãe não pode ser demasiadamente estimado. Aquela que se ajoelha ao lado do filho ou filha, em suas dificuldades da infância, nos perigos de sua juventude, não saberá senão no juízo a influência de suas orações sobre a vida de seus filhos. Se ela está pela fé associada ao Filho de Deus, a terna mão da mãe pode afastar o filho do poder da tentação, pode conter a filha de cair em pecado. Quando a paixão está lutando para dominar, o poder do amor, a influência restritora, fervente, determinada da mãe, pode fazer baixar a balança para o lado do direito. -- O Lar Adventista, 266. CI 204 5 Depois de terdes cumprido fielmente o vosso dever para com os vossos filhos, então levai-os a Deus e Lhe pedi que vos ajude. Dizei-Lhe que tendes feito a vossa parte e então pedi com fé que Deus faça a Sua, aquilo que vós não podeis fazer. Pedi-Lhe que lhes modere a disposição, que os faça dóceis e gentis pelo Seu santo Espírito. Ele vos ouvirá orar. Terá prazer em responder às vossas orações. Pela Sua Palavra, tem ordenado que corrijais vossos filhos: "Castiga teu filho enquanto há esperança". Provérbios 19:18. Sua Palavra deve ser atendida nessas coisas. -- Orientação da Criança, 256, 257. CI 205 1 Ensinar respeito e cortesia -- Deus ordenou, especialmente, afetuoso respeito para com os idosos. Diz Ele: "Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça". Provérbios 16:31. Elas falam de batalhas feridas, vitórias ganhas, encargos suportados e tentações vencidas. Falam de pés fatigados próximos de seu descanso, de lugares que logo se vagarão. Ajudem às crianças a pensar nisto, e elas por meio de sua cortesia e respeito suavizarão o caminho dos que são idosos, e trarão graça e beleza a sua própria vida juvenil ao atenderem a ordem: "Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho". Levítico 19:32. -- Educação, 244. CI 205 2 A cortesia, também, é uma das graças do Espírito, e deve ser cultivada por todos. Ela tem poder para abrandar as naturezas que sem ela se desenvolveriam desgraciosas e rudes. Os que professam ser seguidores de Cristo, e são ao mesmo tempo ríspidos, desamáveis e descorteses, não têm aprendido de Jesus. Sua sinceridade pode não ser passível de dúvida, sua retidão pode ser indiscutível; mas sinceridade e retidão não se harmonizam com falta de bondade e de cortesia. -- Profetas e Reis, 237. ------------------------Capítulo 37 -- Educação cristã CI 206 1 Aproximamo-nos rapidamente da crise final da história do mundo, e é de importância que compreendamos deverem as vantagens educacionais oferecidas por nossas escolas ser diferentes das que oferecem as escolas do mundo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 56. CI 206 2 Nossas idéias acerca da educação têm sido demasiadamente acanhadas. Há a necessidade de um objetivo mais amplo e mais elevado. A verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais. Prepara o estudante para a satisfação do serviço neste mundo, e para aquela alegria mais elevada por um mais dilatado serviço no mundo vindouro. [...] CI 206 3 No mais alto sentido, a obra da educação e da redenção são uma; pois, na educação, como na redenção, "ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo". 1 Coríntios 3:11. -- Educação, 13, 30. CI 206 4 Fazer com que o homem volte à harmonia com Deus, de maneira a elevar e enobrecer sua natureza moral a fim de que ele de novo possa refletir a imagem do Criador, é o grande propósito de toda a educação e disciplina da vida. Tão importante era essa obra que o Salvador deixou os palácios celestiais e veio em pessoa à Terra para ensinar aos homens como obter a habilitação para a vida mais elevada. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 49. CI 206 5 É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus, conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao amor por vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão aos alunos uma instrução deficiente e errada. -- Testimonies for the Church 6:150. CI 206 6 Deve haver homens e mulheres habilitados a trabalhar nas igrejas e a preparar nossos jovens para ramos especiais de serviço, a fim de que almas sejam levadas a ver a Jesus. As escolas estabelecidas por nós devem ter em vista este objetivo e não imitar o sistema das escolas denominacionais estabelecidas por outras igrejas ou o sistema de seminários e colégios do mundo. Devem ter um sistema muito mais elevado, em que não se origine ou não se favoreça nenhum aspecto de incredulidade. Aos estudantes deve-se ensinar o cristianismo prático, e a Bíblia deve ser considerada o livro mais elevado e importante. -- Fundamentos da Educação Cristã, 231. CI 207 1 A responsabilidade da igreja -- Durante a noite, eu participava de um grande grupo, em que o espírito de todos os presentes estava sendo agitado com o assunto da educação. Muitos apresentavam objeções contra a mudança do tipo de educação, há tanto tempo praticado. Alguém, que tem sido nosso instrutor há muito tempo, falava ao povo. Dizia: "O assunto da educação deve interessar a todos os adventistas do sétimo dia". -- Testimonies for the Church 6:162. CI 207 2 A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades tornaram-se como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que freqüentam as escolas públicas associam-se muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação de rua. O coração dos pequenos é facilmente impressionado; e a menos que seu ambiente seja da devida espécie, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se dêem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e a alma de seus pequenos é corrompida. [...] CI 207 3 Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática e bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários, há constante tentação a cair em inatividade espiritual. CI 207 4 Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que os induza a se tornarem missionários. [...] -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 173, 174. CI 207 5 Achamo-nos sob solene e sagrado concerto com Deus para criar nossos filhos para Ele e não para o mundo; para ensinar-lhes que não dêem a mão ao mundo, mas amem e temam a Deus, e Lhe observem os mandamentos. Cumpre impressioná-los com o fato de serem criados à imagem de Seu Criador, e de Cristo ser o modelo segundo o qual devem ser talhados. É preciso que se faça mui zeloso estudo da educação que comunicará o conhecimento da salvação, e conformará a vida e o caráter com a semelhança divina. [...] CI 208 1 Para suprir a necessidade de obreiros, Deus deseja que sejam estabelecidos centros educativos em diferentes países, onde estudantes promissores possam ser educados nos ramos práticos do conhecimento e na verdade bíblica. Ao se empenharem essas pessoas no serviço, recomendarão a obra da verdade presente nos novos campos. CI 208 2 Além da educação dos que serão enviados de nossas associações mais antigas, como missionários, devem ser preparadas pessoas em todas as partes do mundo para trabalharem por seus próprios patrícios e vizinhos; e é melhor e mais seguro para essas, o quanto possível, receberem o seu preparo no próprio campo em que estão trabalhando. Raramente é preferível, tanto para o obreiro como para o avançamento da causa, que ele vá para terras distantes em busca de preparo. -- Testimonies for the Church 6:127, 137. CI 208 3 Como igreja e como indivíduos, se queremos estar isentos de culpa no juízo, devemos fazer esforços mais liberais para o preparo de nossos jovens, para que possam estar mais aptos para os vários ramos da grande obra confiada às nossas mãos. Devemos formular planos sábios, a fim de que a mente engenhosa dos que têm talento possa fortalecer-se e disciplinar-se, e tornar-se polida da maneira mais excelente, para que a obra de Cristo não seja estorvada por falta de hábeis obreiros, que a façam com fervor e fidelidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 43. CI 208 4 O apoio moral de nossas instituições -- Pais e mães devem cooperar com o professor, trabalhando zelosamente para a conversão de seus filhos. Esforcem-se para manter o interesse espiritual sempre vivo, e sempre robusto no lar, criando seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Consagrem eles parte de cada dia ao estudo, e tornem-se alunos com seus filhos. Assim tornarão a hora educativa um prazer e um proveito, e se fortalecerá sua confiança nesse método de buscar a salvação dos próprios filhos. -- Testimonies for the Church 6:199. CI 208 5 Alguns dos alunos voltam para casa murmurando e queixando-se, e os pais e os membros da igreja dão ouvidos às declarações exageradas, unilaterais. Bem fariam em considerar que a história tem dois lados; no entanto, permitem que essas informações truncadas criem uma barreira entre eles e o colégio. Começam então a manifestar temores, dúvidas e suspeitas quanto à maneira por que o colégio está sendo dirigido. Tal influência produz grande dano. As palavras de descontentamento propagam-se como uma doença contagiosa, e a impressão causada sobre o espírito de outros dificilmente se apagará. A história avoluma-se a cada repetição, chegando a gigantescas proporções, quando uma investigação revelaria o fato de que não houve falta da parte dos professores ou mestres. Estes cumpriram apenas seu dever em fazer vigorar os regulamentos da escola, o que se deve fazer, do contrário a escola ficará desmoralizada. [...] CI 209 1 Caso os pais se colocassem na posição dos professores, e vissem quão difícil é administrar e disciplinar uma escola de centenas de alunos de todas as séries e de todas as tendências mentais, talvez com reflexão, vissem os fatos de modo diferente. Devem considerar que alguns filhos nunca receberam disciplina em casa. Tendo sido sempre tratados complacentemente, sem nunca serem treinados na obediência, ser-lhes-ia grandemente proveitoso serem afastados dos pais excessivamente liberais e colocados sob regulamentos e exercícios tão rigorosos como os que regem os soldados num exército. A menos que se faça algo por esses filhos tão negligenciados por pais infiéis, eles jamais poderão ser aceitos por Jesus; a menos que sejam controlados por algum poder, virão a ser de nenhum préstimo nesta vida, e não terão parte na futura. -- Testimonies for the Church 4:428, 429. CI 209 2 Muitos pais e mães erram por deixarem de apoiar os esforços do fiel professor. Os jovens e as crianças, com sua compreensão imperfeita e juízo não desenvolvido, nem sempre conseguem entender todos os planos e métodos do professor. No entanto, quando transmitem em casa informações sobre o que é dito e feito na escola, são elas debatidas pelos pais no círculo familiar, e o procedimento do professor é criticado sem restrição. Aqui os filhos aprendem lições que não são esquecidas com facilidade. Todas as vezes que estiverem sujeitos a restrições fora do comum ou tiverem de aplicar-se a penoso estudo, apelarão a seus pais imprudentes por simpatia e condescendência. Deste modo é incentivado um espírito de inquietação e descontentamento, a escola como um todo sofre em resultado da influência desmoralizadora, e o fardo do professor torna-se muito mais pesado. A maior perda, porém, é experimentada pelas vítimas desse desgoverno dos pais. Defeitos de caráter que o devido ensino teria corrigido, são deixados a fortalecer-se com os anos, para danificar e talvez destruir a utilidade de seu possuidor. -- Fundamentos da Educação Cristã, 64, 65. CI 209 3 Dirigidos por Deus -- O Senhor trabalha com todo professor consagrado; e é do interesse do próprio professor compreender isso. Os instrutores que estão sob a disciplina de Deus, recebem graça, verdade e luz pelo Espírito Santo, para comunicar às crianças. Estão sob a direção do maior Mestre que o mundo já conheceu, e quão impróprio lhes seria ter espírito descortês, voz áspera, cheia de irritação! Com isso perpetuariam nas crianças seus próprios defeitos. [...] CI 209 4 Deus Se comunicará com a alma pelo Seu Espírito. Enquanto estudais, orai: "Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei". Salmos 119:18. Quando o professor confiar em Deus, e orar, o Espírito de Cristo virá sobre ele, e por meio dele Deus atuará, pelo Seu Espírito Santo, na mente do estudante. O Espírito Santo enche a mente e o coração de esperança, coragem e de pensamentos da Bíblia, que serão comunicados ao estudante. As palavras de verdade crescerão em importância, assumindo uma extensão e plenitude de sentido, em que ele jamais sonhou. A beleza e virtude da Palavra de Deus têm influência transformadora sobre o espírito e o caráter; as centelhas do amor divino cairão na alma das crianças como uma inspiração. Podemos levar a Cristo centenas e milhares de crianças se trabalharmos por elas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 171, 172. CI 210 1 Antes de o homem se tornar realmente sábio, cumpre-lhe avaliar sua dependência de Deus, e encher-se de Sua sabedoria. Ele é a fonte do poder intelectual, bem como do espiritual. Os maiores homens, que atingiram o que o mundo considera o máximo na ciência, não são para se comparar com o amado João ou o apóstolo Paulo. É quando se combinam a capacidade intelectual e a espiritual, que se atinge a mais alta norma de varonilidade. Os que assim fizerem, Deus aceitará como coobreiros Seus no preparo das mentes. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 66. CI 210 2 A obra mais importante de nossas instituições de educação no tempo atual é colocar perante o mundo um exemplo que honre a Deus. Santos anjos devem superintender a obra, mediante fatores humanos, e cada departamento deve trazer o cunho da excelência divina. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 57. CI 210 3 Qualificações de um professor -- Consegui um homem forte para ocupar o cargo de diretor em vossa escola, homem cuja força física o favoreça na execução de um trabalho disciplinar completo; homem que se ache habilitado a educar os estudantes nos hábitos de ordem, asseio e diligência. Efetuai um trabalho completo no que quer que empreendais. Se sois fiéis no ensino dos ramos usuais, muitos de vossos estudantes poderão entrar diretamente para a obra como colportores e evangelistas. Não precisamos entender que todos os obreiros necessitem de educação superior. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 213, 214. CI 210 4 Ao escolher professores, usemos a máxima cautela, sabendo ser uma questão tão solene como a escolha de pessoas para o ministério. Essa escolha deve ser feita por homens sábios e aptos a discernirem o caráter. Pois para educar e moldar o espírito dos jovens e desempenharem-se com êxito das muitas atividades que deverão ser desenvolvidas pelo professor de nossas escolas de igreja, necessitam-se os melhores talentos que se possam conseguir. Não se deve pôr à testa dessas escolas qualquer pessoa de uma disposição de espírito inferior ou estreita. Não se ponham as crianças a cargo de jovens e inexperientes professores, destituídos de aptidões para dirigir, pois seus esforços tenderiam para a desorganização. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 174, 175. CI 210 5 Não se deve empregar um professor a menos que se tenha provas bem concretas de que ele ama a Deus e receia ofendê-Lo. Caso os professores sejam ensinados por Deus, se aprendem diariamente na escola de Cristo. labutarão segundo as normas de Cristo. Cativarão e atrairão com Ele; pois toda criança e todo jovem são preciosos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 260. CI 211 1 Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos -- amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 19. CI 211 2 O professor deve sempre conduzir-se como um cristão cortês. Deve ter para com seus discípulos a atitude de amigo e conselheiro. Se todo o nosso povo -- professores, pastores e membros leigos -- cultivasse o espírito da cortesia cristã, encontraria muito mais facilmente acesso ao coração do povo; muitos mais seriam levados a examinar e receber a verdade. Quando todo professor esquecer o próprio eu, experimentando profundo interesse no êxito e prosperidade dos alunos, compreendendo que os mesmos são propriedade de Deus, e que ele tem de prestar contas de sua influência sobre a mente e o caráter deles, então teremos uma escola em que os anjos se deleitarão em demorar. [...] CI 211 3 Nossas escolas necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sãos na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. [...] CI 211 4 Confiar as crianças a professores orgulhosos e destituídos de amor, é mau. Um professor assim fará grande dano aos que estão em rápido desenvolvimento de caráter. Se os professores não forem submissos a Deus, se não tiverem amor pelas crianças que têm a seu cargo, ou se mostrarem parcialidade pelos que lhes agradam à fantasia e manifestarem indiferença pelos menos atrativos ou os que são desassossegados e nervosos, não devem ser empregados; pois o resultado de sua obra será perda de almas para Cristo. CI 211 5 Necessitam-se e em especial para as crianças, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. [...] CI 211 6 A não ser que o professor compreenda a necessidade de orar, e humilhe o coração perante Deus, perderá a própria essência da educação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 93, 94, 175, 176, 231. CI 211 7 A importância dos requisitos físicos do professor não pode ser acentuada com demasia; pois quanto mais perfeita for a saúde, tanto mais perfeito será o trabalho. A mente não pode pensar com clareza e ser vigorosa no agir, quando as faculdades físicas sofrem em resultado de fraqueza ou doença. O coração é impressionado por meio da mente. Mas se devido à incapacidade física a mente perde o vigor, a comunicação com os mais elevados sentimentos e impulsos fica, proporcionalmente, impedida, e o professor é menos apto a discernir entre o direito e o errado. Quando se sofrem os resultados da má saúde, não é tarefa fácil ser paciente e animado, ou agir com integridade e justiça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 177. CI 212 1 O lugar da Bíblia na educação -- Como meio para o preparo intelectual, a Bíblia é mais eficaz do que qualquer outro livro, ou todos os outros livros reunidos. A grandeza de seus temas, a nobre simplicidade de suas declarações, a beleza de suas imagens, despertam e elevam os pensamentos como nada mais o faz. Nenhum outro estudo poderá transmitir tal poder mental como o faz o esforço para se compreenderem as verdades estupendas da revelação. A mente, elevada assim em contato com os pensamentos do Infinito, não poderá deixar de expandir-se e fortalecer-se. CI 212 2 Maior ainda é o poder da Bíblia no desenvolvimento da natureza espiritual. O homem, criado para a associação com Deus, apenas em tal associação poderia encontrar sua vida e desenvolvimento reais. Criado para encontrar em Deus suas mais altas alegrias, em nada mais poderá achar o que aquieta os anelos do coração e satisfaz a fome e sede da alma. Aquele que com espírito sincero e dócil estuda a Palavra de Deus, procurando compreender as suas verdades, será levado em contato com seu Autor; e, a menos que não o queira, não haverá limites às possibilidades para o seu desenvolvimento. -- Educação, 124, 125. CI 212 3 Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isso não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 137, 138. CI 212 4 Perigos da escolaridade precoce -- Como os moradores do Éden aprendiam nas páginas da natureza, como Moisés discernia os traços da escrita de Deus nas planícies e montanhas da Arábia, e o menino Jesus nas colinas de Nazaré, assim poderão os filhos de hoje aprender acerca dEle. O invisível acha-se ilustrado pelo visível. [...] CI 212 5 Tanto quanto possível, seja a criança, desde os mais tenros anos, colocada onde esse maravilhoso manual possa abrir-se diante dela. -- Educação, 100, 101. CI 212 6 Não envieis vossos pequeninos muito cedo para a escola. A mãe deve ser cuidadosa com a maneira em que confia a modelação da mente infantil a mãos alheias. Os pais devem ser os melhores mestres dos filhos até que eles atinjam a idade de oito ou dez anos. Sua sala de aula deveria ser o ar livre, entre as flores e os pássaros, e seu livro de estudo, o tesouro da natureza. Tão depressa como sua inteligência possa compreendê-lo, os pais devem abrir perante eles o grande livro divino da natureza. Essas lições, dadas em tal ambiente, não serão esquecidas com facilidade. -- Fundamentos da Educação Cristã, 156, 157. CI 213 1 Não somente têm sido a saúde física e mental das crianças postas em perigo por serem enviadas à escola num período precoce demais, mas também elas perdem do ponto de vista moral. Tiveram oportunidades de se familiarizar com crianças de maneiras não cultivadas. Foram atiradas na companhia dos grosseiros e dos rudes, que mentem, praguejam, roubam e enganam, e que se deleitam em transmitir seu conhecimento do vício aos mais novos que eles. As crianças novas, deixadas a si mesmas, aprendem o mal mais depressa que o bem. Os maus hábitos se harmonizam mais com o coração natural, e as coisas que vêem e ouvem na infância e na meninice são-lhes profundamente impressas no espírito; e a má semente semeada em seu jovem coração criará raízes e se transformará em aguçados espinhos, para ferir o coração dos pais. -- Orientação da Criança, 302. CI 213 2 O valor da educação prática -- Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. [...] CI 213 3 Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. [...] CI 213 4 Para as moças estudantes há muitas ocupações que devem ser providas a fim de que possam ter uma educação vasta e prática. Cumpre ensinar-lhes a fazer vestidos, e a arte da horticultura. Devem cultivar flores e plantar morangos. Assim, ao mesmo tempo em que são educadas no trabalho útil, terão saudável exercício ao ar livre. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 307, 310, 312. CI 213 5 Cumpre que se dê ênfase à influência do espírito sobre o corpo, como à deste sobre aquele. A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à doença. [...] CI 213 6 Há nas Escrituras uma verdade fisiológica, verdade esta que precisamos considerar: "O coração alegre serve de bom remédio". Provérbios 17:22. -- Educação, 197. CI 213 7 Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e bem desenvolvidos músculos e cérebro, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham bem regulada ocupação e recreação. As crianças e os jovens mantidos na escola e presos aos livros não podem possuir sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tem a tendência de atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com bem pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 83. CI 214 1 A dignidade do trabalho -- A juventude deve ser levada a ver a verdadeira dignidade do trabalho. Mostrai-lhe que Deus é um obreiro constante. Todas as coisas na natureza fazem o trabalho que lhes foi designado. A atividade penetra por toda a criação, e a fim de que cumpramos a nossa missão devemos também ser ativos. -- Educação, 214. CI 214 2 O trabalho físico associado ao esforço mental com o fim de ser útil, é uma disciplina na vida prática, dulcificada continuamente pela lembrança de que está habilitando e educando a mente e o corpo para executar melhor a obra que é desígnio de Deus que os homens realizem em diversos setores. -- Fundamentos da Educação Cristã, 229. CI 214 3 Nenhum de nós deve envergonhar-se do trabalho, por menor e mais servil que pareça. O trabalho é enobrecedor. Todos quantos labutam com a cabeça ou com as mãos são homens e mulheres de trabalho. E todos estão cumprindo seu dever e honrando sua religião tanto quando lidam no tanque de lavar roupa ou na pia dos pratos, como quando vão às reuniões. Enquanto as mãos se encontram ocupadas nos serviços mais comuns, a mente pode ser elevada e enobrecida por pensamentos santos e puros. -- Testimonies for the Church 4:590. CI 214 4 Uma grande razão por que o trabalho físico é menosprezado, é a maneira desleixada e precipitada como é muitas vezes realizado. É feito por necessidade e não porque haja sido escolhido. O trabalhador não o leva a sério, não conserva o respeito de si mesmo nem conquista o de outrem. O ensino manual deve corrigir este erro. Deve desenvolver hábitos de exatidão e perfeição. Os estudantes devem aprender o tato e o método em seus afazeres; aprender a economizar tempo, e a fazer cada movimento de maneira que seja aproveitado. Não somente lhes devem ser ensinados os melhores métodos, mas cumpre sejam inspirados pela ambição de sempre se aperfeiçoarem. Seja o seu alvo fazer o seu trabalho o mais perfeito que o cérebro e as mãos humanas possam conseguir. -- Educação, 222. CI 214 5 É um pecado deixar que as crianças cresçam indolentes. Exercitem elas seus membros e músculos, mesmo que os cansem. Se não são ativados, como pode a fadiga fazer-lhes mais dano a eles do que a vós? Há uma evidente diferença entre cansaço e exaustão. As crianças necessitam mais freqüente mudança de atividade e intervalos de repouso que as pessoas adultas; mas mesmo quando ainda bem jovens, devem começar a aprender a trabalhar, e se sentirão felizes ao pensamento de que estão sendo úteis. Seu sono será mais tranqüilo após saudável atividade, e se sentirão refeitos para o próximo dia de trabalho. -- O Lar Adventista, 289. CI 215 1 O cultivo da língua materna -- Em todos os ramos da educação há objetivos a serem adquiridos, mais importantes do que os que se conseguem por mero conhecimento técnico. Na língua, por exemplo. Mais importante do que a aquisição de línguas estrangeiras, vivas ou mortas, é a habilidade de escrever e falar a língua materna com facilidade e precisão; mas nenhuma habilitação adquirida por meio do conhecimento das regras gramaticais pode comparar-se em importância com o estudo da língua de um ponto de vista mais elevado. Em grande parte se acha ligado a esse estudo o sucesso ou insucesso na vida. -- Educação, 234. CI 215 2 Obras proibidas por Deus -- Será desígnio do Senhor que falsos princípios, raciocínios estranhos e enganos de Satanás sejam postos perante o espírito dos jovens e das crianças? Serão sentimentos pagãos e infiéis apresentados a nossos estudantes como valiosos acréscimos a sua reserva de conhecimentos? As obras dos mais intelectuais dos céticos são o produto de um espírito prostituído ao serviço do adversário. Hão de os que se dizem reformadores, que buscam dirigir as crianças e os jovens no reto caminho, no trilho aberto para os remidos do Senhor, imaginar que Deus queria que eles apresentassem aos jovens para estudo aquilo que Lhe desfigurará o caráter, e O apresentará sob um falso aspecto? De modo nenhum! -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 25, 26. CI 215 3 Resultados da educação cristã -- Como as crianças cantavam "Hosanas" no pátio do templo, e "Bendito o que vem em nome do Senhor" (Marcos 11:9), assim nestes últimos dias as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. Quando os seres celestiais virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados. CI 215 4 Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para essa grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e ajudar a levá-la avante em todos os seus aspectos. Suas contribuições poderão ser pequenas, mas ainda assim úteis, e mediante seus esforços muitas pessoas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus e Sua salvação a todas as nações. Que a igreja se preocupe, portanto, com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. -- Testimonies for the Church 6:202, 203. CI 215 5 Quando devidamente dirigidas, as escolas serão o meio de erguer o estandarte da verdade nos lugares em que funcionam; pois as crianças que receberem educação cristã, serão testemunhas de Cristo. Como Jesus, no templo, desvendou os mistérios que os sacerdotes e os príncipes não haviam podido penetrar, assim na história final da Terra, crianças que foram devidamente educadas hão de, em sua simplicidade, proferir palavras que surpreenderão os que agora falam em "educação refinada". -- Testimonies for the Church 6:202. CI 216 1 Foi-me mostrado que nosso colégio foi designado por Deus para realizar a grande obra de salvar almas. É somente quando postos sob o pleno controle do Espírito de Deus que os talentos de uma pessoa são considerados utilizáveis ao máximo. Os preceitos e princípios da religião são os primeiros passos na aquisição do conhecimento, e jazem no próprio fundamento da verdadeira educação. O conhecimento e a ciência precisam ser vitalizados pelo Espírito de Deus para servirem aos mais nobres propósitos. Só o cristão pode fazer o correto uso do conhecimento. A ciência, para ser plenamente apreciada, tem de ser considerada do ponto de vista religioso. O coração enobrecido pela graça de Deus pode compreender melhor o verdadeiro valor da educação. Os atributos de Deus, como vistos em Suas obras criadas, só podem ser apreciados quando temos conhecimento do Criador. Para conduzir a juventude à fonte da verdade, ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o professor precisa não somente estar familiarizado com a teoria da verdade, mas ter também o conhecimento prático do caminho da santidade. Conhecimento é poder quando unido com a verdadeira piedade. -- Testimonies for the Church 4:427. CI 216 2 O aluno deve apoiar sua escola Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade, devem possuir tal grau de domínio próprio e resistência de princípios religiosos que sejam habilitados a permanecer inabaláveis em meio das tentações, e a defenderem a Cristo no colégio, nas casas que se acham hospedados, ou onde quer que estejam. A religião não é para ser usada meramente como uma capa, na casa de Deus; antes, os princípios religiosos devem caracterizar toda a vida. CI 216 3 Os que bebem da fonte da vida, não manifestarão, à semelhança dos mundanos, ansioso desejo de variações e de prazer. Em sua conduta e caráter ver-se-ão o sossego, a paz e a felicidade que encontraram em Jesus mediante o depositar-Lhe aos pés, dia-a-dia, suas perplexidades e preocupações. Mostrarão que há contentamento e mesmo alegria no caminho da obediência e do dever. Esses exercerão sobre os colegas uma influência que se fará sentir na escola inteira. CI 216 4 Os que compõem esse fiel exército serão um refrigério e fortalecimento para os professores e dirigentes em seus esforços, contrariando toda espécie de infidelidade, de discórdia e negligência no que concerne a cooperar com os regulamentos. Sua influência será salvadora, e no grande dia de Deus suas obras não perecerão, mas segui-los-ão no mundo por vir; e a influência de sua vida aqui falará através dos séculos sem fim da eternidade. CI 217 1 Um jovem sincero, consciencioso, fiel na escola, é inestimável tesouro. Os anjos do Céu o contemplam com amor. O precioso Salvador o ama, e no livro do Céu serão registrados toda obra de justiça, cada tentação resistida, todo mal subjugado. Ele estará assim depositando um bom fundamento contra o tempo que há de vir, de modo a lançar mão da vida eterna. [...] CI 217 2 Da juventude cristã depende em grande medida a preservação e perpetuidade das instituições que Deus delineou como meio de fazer prosperar Sua obra. Esta solene responsabilidade repousa sobre a juventude de hoje que está entrando no palco da ação. Jamais houve um período em que tão importantes resultados dependessem de uma geração de homens; quão importante, pois, que a juventude esteja qualificada para a grande obra, de modo que Deus possa usá-la como instrumentos Seus. O Criador tem sobre eles reclamos que transcendem todos os outros. CI 217 3 Foi Deus quem lhes deu vida e cada uma das faculdades físicas e mentais que possuem. Concedeu-lhes habilidades para sábio aproveitamento, de modo que lhes pudesse confiar uma obra que seria tão duradoura quanto a eternidade. Em retribuição pelos Seus grandes dons Ele requer o devido cultivo e exercício das faculdades intelectuais e morais. Ele não lhes concedeu essas faculdades para mero entretenimento ou para serem abusivamente utilizadas contra Sua vontade e Seu propósito, mas para que pudessem usá-las no progresso do conhecimento da verdade e da santidade no mundo. Ele reclama sua gratidão, veneração e amor, em virtude de Sua continuada bondade e infinita misericórdia. Com razão Ele requer obediência a Suas leis e a todos os sábios regulamentos que protegem e guardam a juventude dos enganos de Satanás, e conduz os jovens no caminho da paz. CI 217 4 Se os jovens pudessem ver que na concordância com as leis e regulamentos de nossas instituições estão apenas fazendo aquilo que lhes melhorará a posição na sociedade, lhes elevará o caráter, enobrecerá sua mente e lhes aumentará a felicidade, não se rebelariam contra regras justas e saudáveis regulamentos, nem se empenhariam em criar suspeita e preconceito contra essas instituições. Nossos jovens devem ter um espírito de energia e fidelidade para fazer face ao que deles se requer, e isto será uma garantia de sucesso. O caráter incontrolado e indiferente de muitos jovens nesta idade do mundo é assustador. Muito da culpa cabe a seus pais no lar. Sem o temor de Deus ninguém pode ser verdadeiramente feliz. -- Testimonies for the Church 4:432-435. ------------------------Capítulo 38 -- Apelo por um viver saudável CI 218 1 A saúde é uma inestimável bênção, e bênção mais intimamente relacionada com a consciência e a religião do que muitos o entendem. Ela muito tem que ver com a capacidade da pessoa para o serviço, e deve ser tão religiosamente conservada como o caráter; pois quanto mais perfeita é a saúde, mais perfeitos serão nossos esforços no desenvolvimento da causa de Deus e bênção da humanidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 294. CI 218 2 Em 10 de Dezembro de 1871, foi-me mostrado novamente que a reforma de saúde é um ramo da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Ela se acha tão ligada à terceira mensagem angélica, como as mãos o estão ao corpo. A lei dos Dez Mandamentos tem sido levianamente considerada pelo homem; o Senhor, porém, não viria castigar os transgressores daquela lei sem lhes enviar primeiro uma mensagem de advertência. O terceiro anjo proclama essa mensagem. Houvesse o homem sido sempre obediente à lei dos Dez Mandamentos, cumprindo em sua vida os princípios desses preceitos, e não haveria o flagelo de doenças que hoje inundam o mundo. CI 218 3 Homens e mulheres não podem violar a lei natural mediante a satisfação de apetites pervertidos e de concupiscentes paixões, sem que transgridam a lei de Deus. Portanto, Ele permitiu que brilhasse sobre nós a luz da reforma de saúde, para que vejamos nosso pecado em violar as leis por Ele estabelecidas em nosso ser. Todo o nosso bem-estar ou sofrimento pode ser atribuído, em sua origem, à obediência ou transgressão no que respeita à lei natural. Nosso benigno Pai celestial vê a deplorável condição dos homens que estão vivendo em violação das leis por Ele estabelecidas -- alguns com conhecimento, mas muitos ignorantemente. E movido de amor e piedade para com a humanidade, faz com que incida a luz sobre a reforma de saúde. Ele publica Sua lei e a pena que acompanhará a transgressão da mesma, a fim de que todos saibam, e cuidem em viver em harmonia com a lei natural. O Senhor proclama tão distintamente Sua lei, e torna-a tão proeminente, que é como uma cidade edificada sobre um monte. Todos os seres responsáveis a podem compreender, se o quiserem. Os idiotas não são responsáveis. Tornar patente a lei natural e insistir em que se lhe obedeça, eis a obra que acompanha a terceira mensagem angélica, a fim de preparar um povo para a vinda do Senhor. -- Testimonies for the Church 3:161. CI 219 1 "Não sois de vós mesmos" -- Cremos, sem nenhuma dúvida, que Cristo está para vir em breve. Isto não é uma fábula para nós; é uma realidade. [...] Quando Ele vier, não nos purificará de nossos pecados, para remover de nós os defeitos de caráter, nem para curar-nos das fraquezas de nosso temperamento e disposição. Se acaso esta obra houver de ser efetuada em nós, sê-lo-á totalmente antes daquela ocasião. CI 219 2 Quando o Senhor vier, os que são santos serão santos ainda. Os que houverem conservado o corpo e o espírito em santidade, em santificação e honra, receberão então o toque final da imortalidade. Mas os que são injustos, não santificados e sujos, assim permanecerão para sempre. Nenhuma obra se fará então por eles para lhes remover os defeitos, e dar-lhes um caráter santo. [...] Tudo isso deve ser realizado durante o tempo da graça. É agora que essa obra deve ocorrer em nós. [...] CI 219 3 Achamo-nos em um mundo avesso à justiça, à pureza de caráter e ao crescimento na graça. Para onde quer que olhemos, vemos corrupção e contaminação, deformidade e pecado. E qual é a obra que devemos empreender aqui antes de receber a imortalidade? É conservar nosso corpo santo, puro o nosso espírito, para que permaneçamos incontaminados entre as corrupções tão comuns ao nosso redor nestes últimos dias. -- Testimonies for the Church 2:355, 356. CI 219 4 "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus". 1 Coríntios 6:19, 20. CI 219 5 Não somos de nós mesmos. Fomos comprados por alto preço, os próprios sofrimentos e morte do Filho de Deus. Caso pudéssemos compreender isto, e o avaliássemos plenamente, experimentaríamos uma grande responsabilidade a repousar sobre nós quanto a manter-nos no melhor estado de saúde, a fim de prestar a Deus um serviço perfeito. Quando, porém, seguimos qualquer conduta que nos gasta a vitalidade, diminui a força ou obscurece o intelecto, pecamos contra Deus. Ao seguirmos tal conduta não O glorificamos no corpo e no espírito, que Lhe pertencem, mas estamos cometendo grande erro aos Seus olhos. -- Testimonies for the Church 2:354. CI 219 6 Obediência é uma questão pessoal -- O Criador do homem organizou a estrutura viva de nosso corpo. Cada função é maravilhosa e sabiamente arranjada. E Deus Se comprometeu a manter esse maravilhoso sistema em saudável funcionamento desde que o instrumento humano obedeça a Suas leis e coopere com Ele. Cada lei governadora do corpo humano deve ser considerada tão divina na origem, caráter e importância como a Palavra de Deus. Cada ação descuidada e desatenta, qualquer abuso imposto ao maravilhoso mecanismo do Senhor, pelo desrespeito a Suas peculiares leis na habitação humana, é uma violação da lei de Deus. Podemos contemplar e admirar a obra de Deus no mundo natural, mas a habitação humana é a mais maravilhosa. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 17. CI 220 1 Uma vez que as leis da natureza são leis de Deus, é claro dever nosso dar a essas leis a mais cuidadosa atenção. Devemos estudar suas exigências em relação a nosso próprio corpo, ajustando-nos a elas. A ignorância nessas coisas é pecado. [...] CI 220 2 Quando homens e mulheres são verdadeiramente convertidos, conscienciosamente consideram as leis da vida que Deus estabeleceu em seu ser, buscando assim evitar debilidade física, mental e moral. A obediência a essas leis deve ser considerada questão de dever pessoal. Nós mesmos haveremos de sofrer os danos da lei violada. Temos de responder perante Deus por nossos hábitos e práticas. Portanto, o que nos importa perguntar não é: "Que diz o mundo?" mas: "Como eu, que me declaro cristão, trato o organismo que Deus me deu? Trabalharei para o meu mais alto bem material e espiritual, guardando o meu corpo como um templo para a habitação do Espírito Santo, ou vou me dobrar às práticas e idéias do mundo?" -- Testimonies for the Church 6:369, 370. CI 220 3 A vida concedida por Deus é nossa única esperança -- A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde, seja do corpo ou da mente. A influência do Espírito de Deus é o melhor remédio para as doenças. O Céu é todo saúde; e, quanto mais profundamente forem sentidas as influências celestiais, mais certa será a recuperação do crente inválido. Os verdadeiros princípios do cristianismo abrem perante todos uma fonte de inestimável felicidade. A religião é uma fonte contínua, do qual o cristão pode beber à vontade e jamais secar a fonte. [...] CI 220 4 O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Se a mente se acha despreocupada e feliz, em virtude da consciência de estar agindo corretamente, e do senso de satisfação por estar promovendo a felicidade de outros, isso cria uma disposição que agirá sobre todo o organismo, produzindo uma circulação mais livre do sangue e dando tono a todo o corpo. A bênção de Deus é um poder salutar, e aqueles que são copiosos em fazer o bem a outros perceberão essa maravilhosa bênção tanto no coração como na vida. CI 220 5 Quando os homens que têm condescendido com maus hábitos e práticas pecaminosas se rendem ao poder da verdade divina, a aplicação dessa verdade ao coração faz reviver as energias morais, as quais pareciam paralisadas. O recebedor possui compreensão mais forte e mais clara do que antes de haver ligado sua alma à Rocha eterna. Até sua saúde física melhora pelo senso de sua confiança em Cristo. -- Conselhos Sobre Saúde, 28. CI 220 6 Os homens precisam saber que as bênçãos da obediência, em sua plenitude eles só podem fruir à medida que receberem a graça de Cristo. É Sua graça que dá ao homem poder para obedecer às leis de Deus. É isso que o habilita a quebrar as cadeias do mau hábito. Esse é o único poder que pode colocá-lo e conservá-lo firme no caminho do direito. CI 221 1 Quando o evangelho é recebido em sua pureza e poder, é uma cura para as doenças originadas pelo pecado. O Sol da Justiça ergue-Se "trazendo salvação nas Suas asas". Malaquias 4:2. Todos os recursos do mundo não podem curar um coração quebrantado, nem comunicar paz de espírito. nem remover o cuidado, nem banir a enfermidade. A fama, o engenho, o talento -- são todos impotentes para alegrar um coração dolorido ou restaurar uma vida arruinada. A vida concedida por Deus, eis a única esperança do homem. CI 221 2 O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. CI 221 3 As palavras de nosso Salvador "Vinde a Mim, [...] e Eu vos aliviarei" (Mateus 11:28) são uma receita para a cura dos males físicos, mentais e espirituais. Embora os homens hajam trazido sobre si o sofrimento por causa de suas más ações, Ele os olha com piedade. NEle podem encontrar socorro. Grandes coisas fará por aqueles que nEle confiam. -- A Ciência do Bom Viver, 115. CI 221 4 A reforma de saúde -- Cumpre-nos, em nossa obra, dar mais atenção à reforma da temperança. Toda atividade relacionada com reforma, envolve arrependimento, fé e obediência. Isso significa o reerguimento da pessoa a uma vida nova e mais nobre. Assim toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da terceira mensagem angélica. A reforma da temperança requer nossa especial atenção e apoio. Devemos, em nossas reuniões campais, chamar a atenção para essa obra, tornando-a um assunto vivo. Precisamos apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o compromisso de temperança. Importa dar cuidadosa atenção aos que se acham escravizados pelos maus hábitos. Cumpre-nos levá-los à cruz de Cristo. [...] CI 221 5 Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados, possuem uma influência poderosa. -- Testimonies for the Church 6:110, 112. ------------------------Capítulo 39 -- A importância da higiene CI 222 1 Para termos boa saúde, é necessário que tenhamos bom sangue; pois este é a corrente da vida. Ele repara os desgastes e nutre o corpo. Quando provido dos devidos elementos de alimentação e purificado e vitalizado pelo contato com o ar puro, leva a cada parte do organismo vida e vigor. Quanto mais perfeita a circulação, tanto melhor se realizará esse trabalho. -- A Ciência do Bom Viver, 271. CI 222 2 A aplicação externa da água é um dos mais fáceis e mais satisfatórios meios de regular a circulação do sangue. Um banho frio ou fresco é excelente tônico. O banho quente abre os poros, auxiliando assim na eliminação das impurezas. Tanto os banhos quentes como os neutros acalmam os nervos e equilibram a circulação. [...] CI 222 3 O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde. Também a pele se torna inativa. As impurezas não são eliminadas, como seriam se a circulação houvesse sido estimulada por vigoroso exercício, a pele conservada em condições saudáveis, e os pulmões alimentados com abundância de ar puro, renovado. [...] CI 222 4 Deve-se conceder aos pulmões a maior liberdade possível. Sua capacidade se desenvolve pela liberdade de ação; diminui, se eles são constrangidos e comprimidos. Daí os maus efeitos do hábito tão comum, especialmente em trabalhos sedentários, de ficar todo dobrado sobre a tarefa em mão. Nessa postura é impossível respirar profundamente. A respiração superficial torna-se em breve um hábito, e os pulmões perdem a capacidade de expansão. [...] CI 222 5 Assim é recebida uma deficiente provisão de oxigênio. O sangue move-se lentamente. Os resíduos, matéria venenosa que devia ser expelida nas exalações dos pulmões, são retidos, e o sangue se torna impuro. Não somente os pulmões, mas o estômago, o fígado e o cérebro são afetados. A pele torna-se pálida, é retardada a digestão; o coração fica deprimido; o cérebro nublado; confusos os pensamentos; baixam sombras sobre o espírito; todo o organismo se torna deprimido e inativo, e especialmente suscetível à doença. CI 223 1 Os pulmões estão de contínuo expelindo impurezas, e necessitam ser constantemente abastecidos de ar puro. O ar contaminado não proporciona a necessária provisão de oxigênio, e o sangue passa ao cérebro e aos outros órgãos sem o elemento vitalizador. Daí a necessidade de perfeita ventilação. Viver em aposentos fechados, mal arejados, onde o ar é sem vida e viciado, enfraquece todo o organismo. Este se torna particularmente sensível à influência do frio, e uma leve exposição leva à doença. É o viver muito fechadas, dentro de casa, que faz muitas mulheres pálidas e fracas. Respiram o mesmo ar repetidamente, até que ele se carrega de venenosos elementos expelidos pelos pulmões e os poros; e assim as impurezas são novamente levadas ao sangue. -- A Ciência do Bom Viver, 237, 238, 272-274. CI 223 2 Muitos estão sofrendo enfermidades por recusarem receber em seus quartos o puro ar noturno. O ar livre e puro do céu é uma das mais ricas bênçãos das quais podemos desfrutar. -- Testimonies for the Church 2:528. CI 223 3 O escrupuloso asseio é indispensável tanto à saúde física como à mental. Impurezas são constantemente expelidas do corpo por meio da pele. Seus milhões de poros logo ficam obstruídos, a menos que se mantenham limpos mediante banhos freqüentes, e as impurezas que deviam sair pela pele se tornam mais uma sobrecarga aos outros órgãos eliminadores. CI 223 4 Muitas pessoas tirariam proveito de um banho frio ou tépido cada dia, pela manhã ou à noite. Em vez de tornar mais sujeito a resfriados, um banho devidamente tomado fortalece contra os mesmos, porque melhora a circulação; o sangue é levado à superfície, conseguindo-se que ele aflua mais fácil e regularmente às várias partes do organismo. A mente e o corpo são igualmente revigorados. Os músculos tornam-se mais flexíveis, mais vivo o intelecto. O banho é um calmante dos nervos. Ajuda os intestinos, o estômago e o fígado, dando saúde e energia a cada um, o que promove a digestão. CI 223 5 Também é importante que a roupa esteja sempre limpa. O vestuário usado absorve os resíduos expelidos pelos poros; não sendo freqüentemente mudado e lavado, serão as impurezas reabsorvidas. CI 223 6 Toda forma de desasseio tende à enfermidade. Microrganismos produtores de morte pululam nos recantos escuros e negligenciados, em apodrecidos detritos, na umidade, no mofo e bolor. Nada de verduras deterioradas ou montes de folhas secas se deve permitir que permaneça próximo de casa, poluindo e envenenando o ar. Coisa alguma suja ou estragada se deve tolerar dentro de casa. [...] CI 223 7 Perfeito asseio, quantidade de sol, cuidadosa atenção às condições higiênicas em todos os detalhes da vida doméstica são essenciais à prevenção das doenças e ao contentamento e vigor dos habitantes do lar. -- A Ciência do Bom Viver, 276. CI 223 8 Ensinai aos pequeninos que Deus não Se agrada de vê-los com corpo sujo e roupas desabotoadas e rasgadas. [...] Andar com roupas elegantes e limpas será um dos meios de conservar puros e dóceis os pensamentos. [...] Especialmente devem ser conservados limpos todos os artigos que entram em contato com a pele. CI 224 1 A verdade nunca põe seu delicado pé no caminho da imundícia ou da impureza. [...] Aquele que minuciosamente exigiu dos filhos de Israel que nutrissem hábitos de limpeza não aprovará hoje qualquer impureza no lar de Seu povo. Deus olha com desagrado a qualquer espécie de impurezas. -- Minha Consagração Hoje, 129. CI 224 2 Cantos sujos e negligenciados na casa tenderão a formar recantos impuros e negligenciados na alma. -- Orientação da Criança, 114. CI 224 3 O Céu é puro e santo, e os que entrarem pelos portões da Cidade de Deus devem estar vestidos de pureza interior e exterior. -- Conselhos Sobre Saúde, 103. ------------------------Capítulo 40 -- A escolha dos alimentos CI 225 1 Nosso corpo é formado pela comida que ingerimos. Há constante desgaste dos tecidos do corpo; todo movimento de qualquer órgão implica um desgaste, o qual é reparado por meio do alimento. Cada órgão do corpo requer sua parte de nutrição. O cérebro deve ser abastecido com sua porção; os ossos, os músculos e os nervos requerem a sua. Maravilhoso é o processo que transforma a comida em sangue, e se serve desse sangue para restaurar as várias partes do organismo; mas esse processo está prosseguindo continuamente, suprindo a vida e a força a cada nervo, cada músculo e tecido. CI 225 2 Deve-se escolher o alimento que melhor proveja os elementos necessitados para a edificação do organismo. Nessa escolha, o apetite não é um guia seguro. Mediante hábitos errôneos de comer, o apetite se tornou pervertido. Muitas vezes exige alimento que prejudica a saúde e a enfraquece em lugar de fortalecê-la. Não nos podemos guiar com segurança pelos hábitos da sociedade. A doença e o sofrimento que por toda parte dominam são em grande parte devidos a erros populares com referência ao regime alimentar. [...] CI 225 3 Mas nem todas as comidas saudáveis em si mesmas são igualmente adequadas a nossas necessidades em todas as circunstâncias. Deve haver cuidado na seleção do alimento. Nossa comida deve ser de acordo com a estação, o clima em que vivemos e a ocupação em que nos empregamos. Certas comidas apropriadas para uma estação ou um clima, não o são para outro. Assim, há diferentes comidas mais adequadas às pessoas segundo as várias ocupações. Muitas vezes, alimentos que podem ser usados com proveito por pessoas que se empenham em árduo labor físico não são próprios para as de trabalho sedentário, ou de intensa aplicação mental. Deus nos tem dado ampla variedade de comidas saudáveis, e cada pessoa deve escolher dentre elas aquelas que a experiência e o bom senso demonstram ser as mais convenientes às suas próprias necessidades. -- A Ciência do Bom Viver, 295-297. CI 225 4 O plano original de Deus quanto à nossa alimentação -- A fim de saber quais são os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem. Aquele que criou o homem e lhe compreende as necessidades designou a Adão o que devia comer: "Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente [...] e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento". Gênesis 1:29. Ao deixar o Éden para ganhar a subsistência lavrando a terra sob a maldição do pecado, o homem recebeu também permissão para comer a "erva do campo". Gênesis 3:18. CI 226 1 Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Esses alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante. [...] CI 226 2 A fim de manter a saúde, é necessária suficiente provisão de alimento bom e nutritivo. CI 226 3 Se planejarmos sabiamente, os artigos que promovem a boa saúde podem ser obtidos em quase todas as terras. Os vários artigos preparados de arroz, trigo, milho e aveia são enviados para toda parte, bem como feijões, ervilhas e lentilhas. Estes, juntamente com as frutas nacionais ou importadas, e a quantidade de verduras que dão em todas as localidades, oferecem oportunidade de escolher um regime dietético completo, sem o uso de alimentos cárneos. [...] CI 226 4 Onde quer que as frutas secas como passas, ameixas, maçãs, pêras, pêssegos e abricós se podem obter por moderado preço, verificar-se-á que se podem usar como artigos principais de regime, muito mais abundantemente do que se costuma fazer, com os melhores resultados para a saúde de todas as classes. -- A Ciência do Bom Viver, 295, 296, 299. CI 226 5 A ciência de preparar os alimentos -- Cozinhar não é ciência desprezível, porém uma das mais essenciais na vida prática. É uma arte que todas as mulheres deviam aprender, devendo ser ensinada de um modo que beneficiasse às classes mais pobres. Fazer comida apetecível e ao mesmo tempo simples e nutritiva requer habilidade; pode no entanto ser feito. As cozinheiras devem saber preparar alimento de maneira simples e saudável, e de modo que seja mais apetecível e mais são, justo por causa de sua simplicidade. -- A Ciência do Bom Viver, 302, 303. CI 226 6 Façamos progresso inteligente na simplificação do nosso regime alimentar. Na providência de Deus, cada país produz artigos de alimento contendo os nutrientes necessários para a construção do corpo. Esses produtos podem ser transformados em pratos saudáveis e apetitosos. -- Medicina e Salvação, 274. CI 226 7 Muitos não consideram esta uma questão de dever, por isso não procuram preparar alimento adequadamente. Este pode ser feito de maneira simples, saudável e fácil, sem usar banha, manteiga ou alimentos cárneos. A habilidade deve estar ligada à simplicidade. Para isso, as mulheres devem ler e, depois, transformar pacientemente em prática o que leram. -- Testimonies for the Church 1:681. CI 227 1 Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, livres de especiarias e gordura animal de qualquer espécie, fazem com leite ou nata, o regime alimentar mais sadio. -- Conselhos Sobre Saúde, 115. CI 227 2 Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. -- Testimonies for the Church 2:352. CI 227 3 Em geral, usa-se demasiado açúcar no alimento. Bolos, pudins, massas folhadas, geléias e doces são causa ativa de má digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais ingredientes. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos. -- A Ciência do Bom Viver, 301, 302. CI 227 4 Quanto menor for a quantidade de açúcar introduzida no preparo da alimentação, menor a dificuldade experimentada em virtude do calor do clima. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 95. CI 227 5 O leite que se usa deve ser perfeitamente esterilizado; com esta precaução, há menos perigo de contrair doenças por seu uso. -- A Ciência do Bom Viver, 302. CI 227 6 Pode vir o tempo em que não seja seguro usar leite. Se, porém, as vacas são sadias e o leite suficientemente fervido, não há necessidade de criar antecipadamente um tempo de angústia. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 357. CI 227 7 Comidas condimentadas -- Os condimentos, tão freqüentemente usados pelos mundanos, são prejudiciais à digestão. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 339. CI 227 8 Nesta época de pressa, quanto menos estimulante for a comida, melhor. Os condimentos são prejudiciais em sua natureza. A mostarda, a pimenta, as especiarias, os picles e coisas semelhantes irritam o estômago e tornam o sangue febril e impuro. O estado de inflamação do estômago do bêbado é muitas vezes pintado para ilustrar os efeitos das bebidas alcoólicas. Condição semelhante de inflamação é produzida pelo uso de condimentos irritantes. Dentro em pouco, a comida comum não satisfaz o apetite. O organismo sente necessidade de alguma coisa mais estimulante. -- A Ciência do Bom Viver, 325. CI 227 9 Muitos têm condescendido tanto com o paladar, que a menos que tenham justamente o alimento exigido pelo mesmo, não encontram prazer nele. Caso sejam postas diante deles comidas condimentadas, fazem o estômago trabalhar aplicando-lhe esse causticante açoite; pois esse estômago tem sido tratado de tal modo que não reconhece comida não estimulante. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 340. CI 227 10 Os condimentos a princípio irritam as tenras mucosas do estômago, mas finalmente destroem a sensibilidade natural dessa delicada membrana. O sangue torna-se febril, despertam-se as propensões animalescas, enquanto se enfraquecem as faculdades morais e intelectuais, tornando-se servas das paixões baixas. A mãe deve cuidar em pôr diante de sua família uma alimentação simples, se bem que nutritiva. -- Conselhos Sobre Saúde, 114. CI 228 1 A importância da regularidade -- Tomada a refeição regular, deve-se permitir ao estômago um descanso de cinco horas. Nenhuma partícula de alimento deve ser introduzida no estômago até a próxima refeição. Neste intervalo o estômago efetuará seu trabalho, estando então em condições de receber mais alimento. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 179. CI 228 2 A regularidade nas refeições deve ser fielmente observada. Coisa alguma se deve comer entre elas, nada de doces, nozes, frutas, ou qualquer espécie de comida. A irregularidade na alimentação arruína a saúde dos órgãos digestivos, com detrimento da saúde em geral, e da alegria. E, quando as crianças chegam à mesa, não apetecem os alimentos sãos; desejam o que lhes é prejudicial. -- A Ciência do Bom Viver, 384. CI 228 3 Quando nos deitamos para repousar, o estômago já devia ter concluído a sua obra, a fim de, como os demais órgãos do corpo, fruir repouso. Para as pessoas de hábitos sedentários, as ceias tarde da noite são particularmente nocivas. [...] CI 228 4 Em muitos casos, a fraqueza que leva a desejar alimento é sentida porque os órgãos digestivos foram muito sobrecarregados durante o dia. Depois de digerir uma refeição, os órgãos que se empenharam nesse trabalho precisam de repouso. Pelo menos cinco ou seis horas devem entremear as refeições; e a maior parte das pessoas que experimentarem esse plano verificará que duas refeições por dia são preferíveis a três. [...] CI 228 5 O costume de comer apenas duas vezes por dia, em geral, demonstra-se benéfico à saúde; todavia, sob certas circunstâncias, talvez algumas pessoas tenham necessidade de uma terceira refeição. Esta, porém, deve ser muito leve, e de comida de fácil digestão. -- A Ciência do Bom Viver, 304, 321. CI 228 6 Quando os alunos combinam o esforço físico e mental, [...] deixa de existir, em grande parte, a objeção à terceira refeição. [...] Tomem os estudantes a terceira refeição, preparada sem verduras, mas com alimento simples e saudável, tais como frutas e pão. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 178. CI 228 7 A comida não deve ser ingerida muito quente nem muito fria. Se está fria, as forças vitais do estômago são chamadas a fim de aquecê-la antes de ter começo o processo digestivo. Bebidas frias, pelo mesmo motivo, são prejudiciais. Por outro lado, o uso copioso de bebidas quentes é debilitante. Na verdade, quanto mais líquido for ingerido nas refeições, tanto mais difícil se tornará a digestão do alimento, pois o líquido precisa ser absorvido primeiro para que principie a digestão. Não useis sal em quantidade, evitai os picles e comidas condimentadas, servi-vos de abundância de frutas, e a irritação que requer tanta bebida nas refeições desaparecerá em grande parte. A comida deve ser ingerida devagar, completamente mastigada. Isso é necessário para a saliva ser devidamente misturada com o alimento, e os sucos digestivos chamados à ação. -- A Ciência do Bom Viver, 305. CI 229 1 A aplicação dos princípios de saúde -- Há verdadeiro bom senso na reforma do regime. O assunto deve ser estudado de forma ampla e profunda. Ninguém deve criticar outros porque não estejam, em todas as coisas, agindo em harmonia com seu ponto de vista. É impossível estabelecer uma regra fixa para regular os hábitos de cada um, e ninguém se deve considerar critério para todos. Nem todos podem comer as mesmas coisas. Comidas apetecíveis e sãs para uma pessoa podem ser desagradáveis e mesmo nocivas para outra. Alguns não podem usar leite, ao passo que outros tiram bom proveito dele. Há pessoas que não conseguem digerir ervilhas e feijão; para outros, eles são saudáveis. Para uns, as preparações de cereais integrais são boas, enquanto outros não as podem ingerir. -- A Ciência do Bom Viver, 319, 320. CI 229 2 Onde tem havido condescendência com hábitos errôneos, não deve haver demora em reformá-los. Quando a dispepsia tem sido o resultado do mau trato infligido ao estômago, façam-se cuidadosos esforços para conservar o resto da resistência das forças vitais, afastando toda sobrecarga. Talvez o estômago nunca recupere inteiramente a saúde depois de longo tempo de mau trato; mas uma correta orientação no regime dietético poupará posterior debilidade, e muitos se recuperarão mais ou menos. [...] CI 229 3 Homens fortes, que se empenham em ativo trabalho físico, não são forçados a cuidar tanto no que respeita à qualidade e à quantidade do alimento, como as pessoas de hábitos sedentários; mas mesmo esses desfrutariam melhor saúde se usassem de domínio sobre si mesmos quanto ao comer e ao beber. CI 229 4 Alguns desejariam que se lhes prescrevesse uma regra exata para seu regime. Comem demais, e depois se lamentam, e ficam sempre a pensar no que comem e bebem. Não deve ser assim. Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra para outra. Cada um deve exercer discernimento e domínio, agindo por princípio. [...] CI 229 5 A reforma dietética deve ser progressiva. À medida que as doenças aumentam nos animais, o uso de leite e ovos se tornará cada vez menos livre de perigo. Deve-se fazer um esforço para os substituir com outras coisas que sejam saudáveis e pouco dispendiosas. O povo de toda parte deve ser ensinado a cozinhar sem leite e ovos, isso o quanto possível, fazendo não obstante comida saudável e gostosa. [...] CI 229 6 Deus não é honrado quando o corpo é negligenciado ou maltratado, ficando assim incapacitado para Seu serviço. Cuidar do corpo, proporcionando-lhe comida saborosa e revigorante, é um dos principais deveres dos pais de família. É muito melhor usar roupas e mobília menos caras do que restringir a provisão de alimento. CI 229 7 Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isso não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família. CI 230 1 Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. [...] CI 230 2 Considerai cuidadosamente vosso regime. Estudai das causas para os efeitos. Cultivai o domínio de vós mesmos. Mantende o apetite sob o domínio da razão. Nunca abuseis do estômago, comendo excessivamente, mas não vos priveis da comida saudável e saborosa que a saúde exige. -- A Ciência do Bom Viver, 308, 310, 320-323. CI 230 3 Os que entendem as leis da saúde e são governados por princípios fugirão dos extremos, tanto da condescendência como da restrição. Sua alimentação é escolhida não meramente para agradar o apetite, mas para fortalecimento do organismo. Procuram conservar todas as faculdades nas melhores condições para o mais elevado serviço a Deus e aos homens. O apetite acha-se sob o controle da razão e da consciência, e são recompensados com a saúde física e mental. Embora não insistam de modo impertinente em seus pontos de vista para os outros, seu exemplo é um testemunho em favor dos princípios corretos. Essas pessoas exercem vasta influência para o bem. -- A Ciência do Bom Viver, 319. CI 230 4 Não devemos, no sábado, aumentar a quantidade de alimento ou preparar maior variedade do que noutros dias. Ao contrário, a refeição do sábado deve ser mais simples, convindo comer menos do que nos outros dias, a fim de ter o espírito claro e em condições de compreender os temas espirituais. [...] CI 230 5 Embora deva a gente abster-se de cozinhar aos sábados, não é necessário ingerir a comida fria. Em dias frios, convém aquecer o alimento preparado no dia anterior. As refeições, posto que simples, devem ser apetitosas e atraentes. -- Testimonies for the Church 6:357. Especialmente nas famílias em que há crianças, é bom, aos sábados, qualquer coisa que seja considerada como um prato especial, coisa que a família não tenha todos os dias. -- A Ciência do Bom Viver, 307, 308. CI 230 6 O controle do apetite -- Uma das mais vigorosas tentações que o homem tem de enfrentar é quanto ao apetite. Existe entre a mente e o corpo misteriosa e admirável relação. Um reage sobre o outro. Conservar o corpo em condição saudável a fim de desenvolver-lhe a resistência, para que cada parte do organismo funcione harmoniosamente, eis o que deve constituir o primeiro estudo em nossa vida. Negligenciar o corpo é negligenciar a mente. Não pode ser para glória de Deus terem Seus filhos corpo enfermo ou mente atrofiada. Condescender com o paladar à custa da saúde é ímpio abuso dos sentidos. Os que cometem qualquer espécie de intemperança, seja no comer ou no beber, desperdiçam as energias físicas e enfraquecem a força moral. Esses experimentarão a retribuição que acompanha a transgressão da lei física. -- Testimonies for the Church 3:485, 486. CI 231 1 Muitos estão se incapacitando para o trabalho, mental e fisicamente, pelos excessos no comer e pela satisfação de paixões concupiscentes. Fortalecem-se as tendências pecaminosas, enquanto a natureza moral e espiritual se debilita. Quando estivermos junto ao grande trono branco, que registro apresentará então a vida de muitos! Então verão o que poderiam ter realizado se não tivessem envilecido as faculdades que Deus lhes concedera. Então reconhecerão que alturas de grandeza intelectual poderiam ter atingido, se tivessem dedicado a Deus toda a força mental e física que lhes confiara. Em sua agonia de remorso ansiarão poder viver de novo toda a sua vida. -- Testimonies for the Church 5:135. CI 231 2 Todo verdadeiro cristão controlará o apetite e as paixões. A menos que ele esteja livre da servidão do apetite, não pode ser um genuíno e obediente servo de Cristo. É a condescendência com o apetite e as paixões que tornam a verdade sem efeito para o coração. Impossível é ao espírito e ao poder da verdade santificarem o homem -- alma, corpo e espírito -- quando ele é dominado pelo apetite e a paixão. -- Testimonies for the Church 3:569, 570. CI 231 3 O grande objetivo por que Cristo suportou aquele longo jejum no deserto foi ensinar-nos a necessidade da abnegação e da temperança. Essa obra deve começar à nossa mesa, e ser estritamente efetuada em todos os aspectos da vida. O Redentor do mundo veio do Céu para ajudar o ser humano em sua fraqueza para que, no poder que Jesus lhe veio trazer, ele se torne forte para vencer o apetite e a paixão, fazendo-se vitorioso em todos os pontos. -- Testimonies for the Church 3:488. ------------------------Capítulo 41 -- O consumo de carne CI 232 1 Deus deu aos nossos primeiros pais o alimento que pretendia que a humanidade comesse. Era contrário ao Seu plano que se tirasse a vida a qualquer criatura. Não devia haver morte no Éden. Os frutos das árvores do jardim eram o alimento que as necessidades do homem requeriam. Deus não deu ao homem permissão para comer alimento animal, senão depois do dilúvio. Fora destruído tudo que pudesse servir para a subsistência do homem, e diante da necessidade deste, o Senhor deu a Noé permissão de comer dos animais limpos que ele levara consigo na arca. Mas o alimento animal não era o artigo de alimentação mais saudável para o homem. CI 232 2 Depois do dilúvio o povo comeu à vontade do alimento animal. Deus viu que os caminhos do homem eram corruptos, e que o mesmo estava disposto a exaltar-se orgulhosamente contra seu Criador, seguindo as inclinações de seu coração. E permitiu Ele que aquela raça de gente longeva comesse alimento animal, a fim de abreviar sua vida pecaminosa. Logo após o dilúvio o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 373. CI 232 3 Escolhendo a comida do homem, no Éden, mostrou o Senhor qual era o melhor regime; na escolha feita para Israel, ensinou Ele a mesma lição. Tirou os israelitas do Egito, e empreendeu educá-los, a fim de serem um povo para Sua possessão própria. Desejava, por intermédio deles, abençoar e ensinar o mundo inteiro. Proveu-lhes o alimento mais adaptado ao Seu desígnio; não carne, mas o maná, "o pão do Céu". João 6:32. Foi unicamente devido a seu descontentamento e murmuração em torno das panelas de carne do Egito que lhes foi concedido alimento cárneo, e isso apenas por pouco tempo. Seu uso trouxe doença e morte a milhares. Apesar disso, um regime sem carne não foi nunca aceito de coração. Continuou a ser causa de descontentamento e murmuração, franca ou secreta, e não ficou permanente. CI 232 4 Quando se estabeleceram em Canaã, foi permitido aos israelitas o uso de alimento animal, mas com restrições cuidadosas, que tendiam a diminuir o mal. O uso da carne de porco era proibido, bem como de outros animais e aves e peixes cuja carne foi declarada imunda. Das carnes permitidas, era estritamente proibido comer a gordura e o sangue. CI 232 5 Só se podiam usar como alimento animais em boas condições. Nenhum animal despedaçado, que morrera naturalmente, ou do qual o sangue não havia sido cuidadosamente tirado, podia servir de alimento. CI 233 1 Afastando-se do plano divinamente indicado para seu regime, sofreram os israelitas grande prejuízo. Desejaram um regime cárneo, e colheram-lhe os resultados. Não atingiram o ideal divino quanto ao seu caráter, nem cumpriram os desígnios de Deus. O Senhor "satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a sua alma". Salmos 106:15. Estimaram o terreno acima do espiritual, e a sagrada preeminência que Deus tinha o propósito de lhes dar não conseguiram eles obter. CI 233 2 Os que se alimentam de carne não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso! -- A Ciência do Bom Viver, 311-313. CI 233 3 Causa de muitas doenças -- A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as doenças nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. [...] Freqüentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, iriam repelir enojados. O povo come continuamente carne cheia de micróbios de tuberculose e câncer. Assim são comunicadas essas e outras doenças. -- A Ciência do Bom Viver, 313. CI 233 4 A possibilidade de contrair doenças é dez vezes aumentada pelo uso da carne. -- Testimonies for the Church 2:64. CI 233 5 Os animais estão doentes, e participando de sua carne, plantamos as sementes de enfermidades em nossos tecidos e sangue. Depois, quando sujeitos às mudanças num ambiente doentio, isto é mais sensível; também quando somos expostos a epidemias e doenças contagiosas dominantes, o organismo não se acha em condições de resistir ao mal. [...] CI 233 6 Segundo a luz que Deus me deu, a predominância do câncer e dos tumores é em grande parte devida ao uso abundante de carne de animais mortos. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 386-388. CI 233 7 Em muitos lugares os peixes ficam tão contaminados com a sujeira de que se nutrem que se tornam causa de doenças Isso se verifica especialmente onde o peixe está em contato com os esgotos de grandes cidades. Peixes que se alimentam dessas matérias podem passar a grandes distâncias, sendo apanhados em lugares em que as águas são puras e boas. De modo que, ao serem usados como alimento, ocasionam doença e morte naqueles que nada suspeitam do perigo. CI 233 8 Os efeitos do regime cárneo podem não ser imediatamente experimentados; isto, porém, não é nenhuma prova de que não seja nocivo. A poucas pessoas se pode fazer ver que é a carne que ingerem o que lhes tem envenenado o sangue e ocasionado os sofrimentos. Muitos morrem de doenças inteiramente devidas ao uso da carne, ao passo que a verdadeira causa não é suspeitada nem por eles nem pelos outros. -- A Ciência do Bom Viver, 314, 315. CI 234 1 A carne de porco é imunda -- Pululam parasitas nos tecidos do porco. Deste disse Deus: "Imundo vos será; não comereis da carne destes e não tocareis no seu cadáver". Deuteronômio 14:8. Esta ordem foi dada porque a carne do porco é imprópria para alimentação. Os porcos são limpadores públicos, e é esse o único emprego que lhes foi destinado. Nunca, sob nenhuma circunstância, devia sua carne ser ingerida por criaturas humanas. É impossível que a carne de qualquer criatura viva seja saudável, quando a imundícia é o seu elemento natural, e quando se alimenta de tudo quanto é detestável. -- A Ciência do Bom Viver, 313, 314. CI 234 2 O porco, se bem que um dos mais comuns artigos de alimentação, é um dos mais prejudiciais. Deus não proibiu os hebreus de comerem carne de porco apenas para mostrar Sua autoridade, mas por não ser ela apropriada à alimentação do homem. Encheria o organismo de escrófulas, e em especial naquele clima quente, produzia lepra, e doenças de várias espécies. Sua influência sobre o organismo, naquele clima, era muito mais prejudicial que em climas mais frios. [...] A carne de porco, mais que todas as outras, põe o sangue em mau estado. Aqueles que a ingerem à vontade, não podem deixar de ser doentes. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 392, 393. CI 234 3 Especialmente os tenros e sensíveis nervos do cérebro se enfraqueceriam e ficariam tão entorpecidos, que as coisas sagradas não seriam discernidas, mas colocadas no baixo nível das coisas comuns. -- Testimonies for the Church 2:96. CI 234 4 Os que fazem muito exercício ao ar livre não percebem os maus efeitos de comer carne de porco da mesma maneira que os que vivem mais no interior das casas, e cujos hábitos são sedentários e têm trabalho mental. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 393. CI 234 5 Como o comer carne afeta a mente e a espiritualidade -- Os males morais do regime cárneo não são menos assinalados do que os físicos. A comida de carne é prejudicial à saúde, e seja o que for que afete ao corpo tem seu efeito correspondente na mente e na alma. -- A Ciência do Bom Viver, 315. CI 234 6 O regime cárneo muda a disposição e fortalece o animalismo. Constituímo-nos daquilo que comemos, e comer muita carne diminui a atividade intelectual. Os estudantes efetuariam muito mais em seus estudos se nunca provassem carne. Quando a parte animal do instrumento humano é fortalecida pelo uso da carne, as faculdades intelectuais enfraquecem proporcionalmente. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 389. CI 234 7 Se já houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é reavivar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. -- Testimonies for the Church 2:352. CI 234 8 Maiores reformas devem-se ver entre o povo que professa aguardar o breve aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve efetuar entre nosso povo uma obra que ainda não se fez. Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele. -- Conselhos Sobre Saúde, 575. CI 235 1 Aqueles que professam crer na verdade devem guardar cuidadosamente as faculdades do corpo e da mente, de maneira que Deus e Sua causa não sejam de maneira alguma desonrados por suas palavras ou ações. Os hábitos e costumes devem ser postos sob sujeição à vontade de Deus. Cumpre-nos dispensar atenta consideração a nosso regime alimentar. Foi-me mostrado claramente que o povo de Deus deve assumir atitude firme contra o comer carne Daria Deus por trinta anos a Seu povo a mensagem de que, se quiser ter sangue puro e mente clara precisa abandonar o uso da carne, se Ele não quisesse que eles dessem ouvidos a essa mensagem? Pelo uso de alimentos cárneos a natureza animal é fortalecida e enfraquecida a espiritual. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 383. CI 235 2 Instruções sobre como mudar o regime alimentar -- É um erro supor que a força muscular depende do uso de alimento animal. As necessidades do organismo podem ser melhor supridas, e mais vigorosa saúde se pode desfrutar, deixando de usá-lo. Os cereais, com frutas, nozes e verduras contêm todas as propriedades nutritivas necessárias a formar um bom sangue. Estes elementos não são tão bem, ou tão plenamente supridos pelo regime cárneo. Houvesse o uso da carne sido essencial à saúde e à força, e o alimento animal haveria sido incluído no regime do homem desde o princípio. CI 235 3 Quando se deixa o uso da carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza, uma falta de vigor. Muitos alegam isso como prova de que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos estimulados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne como é ao bêbado o abandonar a bebida; mas se sentirão muito melhor com a mudança. CI 235 4 Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão a um tempo nutritivos e apetitosos. Isso se necessita especialmente no caso de pessoas fracas, ou carregadas de contínuo labor. -- A Ciência do Bom Viver, 316. CI 235 5 Especialmente onde a carne não é o principal artigo de alimentação, cozinhar bem é um requisito essencial. Algo deve ser preparado para substituir a carne. E esses substitutos da carne devem ser bem preparados, para que ela não seja desejada. -- Orientação da Criança, 384. CI 235 6 Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago não o aceita, e depois me disseram que a reforma de saúde não lhes vai bem; que estavam enfraquecendo. [...] A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. -- Testimonies for the Church 2:63. CI 236 1 É para o bem deles próprios que o Senhor aconselha a igreja remanescente a rejeitar o uso de alimentos cárneos, chá, café e outros alimentos nocivos. Há quantidade de outras coisas de que nos podemos alimentar, as quais são benéficas e boas. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 381. CI 236 2 Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, o comer carne será afinal abandonado; a carne deixará de fazer parte de sua alimentação. Devemos ter sempre isto em vista, e esforçar-nos por trabalhar firmemente nessa direção. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 380, 381. CI 236 3 As faculdades intelectuais, morais e físicas são prejudicadas pelo uso habitual de alimentos cárneos. Seu uso desarranja o organismo, obscurece o intelecto e embota as sensibilidades morais. Dizemo-lhes, prezados irmão e irmã: o caminho mais seguro para vocês, é deixar de lado a carne. -- Testimonies for the Church 2:64. ------------------------Capítulo 42 -- Fidelidade na reforma do regime alimentar CI 237 1 [Nota: Esta mensagem reafirmando os pontos essenciais da reforma de saúde foi apresentada pela Sra. White aos delegados à Assembléia Geral, reunida em Washington, D.C.. em 31 de Maio de 1909.] CI 237 2 Fui incumbida de dirigir uma mensagem a todo o nosso povo a respeito da reforma do regime alimentar; pois muitos se têm desviado de sua anterior fidelidade a esses princípios. O propósito de Deus em relação a Seus filhos é que cresçam até a estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus. Para conseguir isso, cumpre que façam uso legítimo de toda faculdade do espírito, mente e corpo. Não devem desperdiçar nenhuma força mental nem física. CI 237 3 A questão de como preservar a saúde é de primordial importância. Quando a estudamos no temor do Senhor, aprendemos que o melhor para nosso progresso, tanto físico como espiritual, é a observância de uma dieta simples. Estudemos com paciência esse assunto. Precisamos de conhecimento e bons critérios para progredir sabiamente nessa questão. Não se deve resistir, mas sim obedecer as leis da natureza. CI 237 4 Os que receberam instruções sobre os males causados por alimentos cárneos, chá, café e preparações alimentares ricas e não saudáveis, e que estão dispostos a fazer com Deus um concerto de sacrifício, deixarão de satisfazer seu apetite por alimentos que, sabem, não são sadios. Deus exige que o apetite seja purificado e que se pratique a renúncia quando se trata de coisas que não são boas. Essa obra tem de ser executada antes que Seu povo possa aparecer perfeito diante dEle. CI 237 5 O povo remanescente de Deus deve estar convertido. A apresentação desta mensagem, tem como objetivo a conversão e santificação das pessoas. Devemos sentir neste movimento o poder do Espírito de Deus. É esta uma mensagem maravilhosa e definida; significa tudo para quem a recebe e deve ser proclamada em alta voz. Devemos ter fé verdadeira e constante em que esta mensagem há de continuar aumentando de importância até o fim do tempo. CI 237 6 Há alguns professos crentes que aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, enquanto rejeitam as que condenam suas inclinações favoritas. Tais pessoas estão trabalhando contra seu próprio bem-estar e contra o bem-estar da igreja. É essencial que andemos na luz enquanto a temos. Os que dizem crer na reforma da saúde e, no entanto, trabalham contra seus princípios na vida prática diária, estão se prejudicando e deixando má impressão na mente de crentes e descrentes. -- Testimonies for the Church 9:153, 154. CI 238 1 Vigor mediante a obediência -- Arcam com grande responsabilidade os que conhecem a verdade, para conseguir que todas as suas obras correspondam à sua fé, sua vida seja purificada e santificada, e eles preparados para a obra que tem de ser rapidamente feita nestes últimos dias. Não dispõem de tempo nem de forças para gastá-los com satisfazer o apetite. As seguintes palavras devem soar-nos aos ouvidos com impressiva gravidade: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor". Atos dos Apóstolos 3:19. Muitos dentre nós têm espiritualidade deficiente, e, a menos que sejam totalmente convertidos, se perderão irremediavelmente. Queremos correr esse risco? [...] CI 238 2 Deus requer de Seu povo crescimento contínuo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação. Apesar de sua adesão à reforma do regime alimentar, muitos seguem regime impróprio. A transigência com o apetite é a causa principal da debilidade física e mental, e é em grande parte responsável pela fraqueza e morte prematura de muitos. Todo indivíduo que aspira à pureza de espírito, deve ter sempre presente que em Cristo há poder para vencer o apetite. CI 238 3 Se pudéssemos obter qualquer benefício da condescendência com o desejo de alimentos cárneos, eu não lhes faria este apelo. Mas sei que tal não se dá. A alimentação cárnea é prejudicial ao bem-estar físico e devemos aprender a passar sem ela. Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às suas preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, aos poucos se tornarão descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão por fim incapazes de as entender, colhendo o que semearam. CI 238 4 Aos alunos de nossas escolas não se deve servir carne nem quaisquer outros alimentos que se sabe serem prejudiciais. Nada que possa promover o apetite pelos estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo aos idosos, aos jovens e aos adultos em geral. Não satisfaçam seu apetite com o que lhes pode causar dano. Sirvam ao Senhor com sacrifício. [...] CI 238 5 Muitos há que sentem não poder permanecer por muito tempo sem o uso de alimentos cárneos; mas se essas pessoas se colocarem do lado do Senhor, absolutamente resolvidas a andar no caminho pelo qual Ele deseja guiá-las, receberão força e sabedoria, como sucedeu a Daniel e seus companheiros. Verão como o Senhor lhes pode dar bom discernimento, e se surpreenderão ao ver quanto pode ser poupado para a obra de Deus pelos atos de renúncia. As pequenas somas, poupadas por atos de sacrifício farão mais para o sustento da obra de Deus do que os grandes donativos feitos sem renúncia. -- Testimonies for the Church 9:154-158. CI 239 1 Assumir posição firme -- Os adventistas do sétimo dia proclamam verdades importantíssimas. Há mais de quarenta anos, o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus! Como povo, nosso progresso deveria ser proporcional à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma de saúde. No tocante à temperança, deveríamos ter progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhes apraz e agem do mesmo modo. CI 239 2 Os que ocupam cargos de professor ou líderes em nossa causa devem estar firmados no terreno da Bíblia, com relação à reforma de saúde e dar testemunho decidido aos que crêem que estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios. CI 239 3 Foi-me mostrado que os princípios que nos foram propostos no começo da mensagem são tão importantes e devem ser considerados tão conscienciosamente hoje como o foram então. Alguns há que jamais seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. Agora é o tempo de tirar a luz de sob os obstáculos e fazê-la resplandecer com raios claros e brilhantes. CI 239 4 Os princípios do regime alimentar significam muito para nós, individualmente, e como povo. Quando pela primeira vez me veio a mensagem da reforma alimentar, eu era fraca e muito débil, sujeita a desmaios freqüentes. Roguei a Deus que me auxiliasse, e Ele me apresentou a grande questão da reforma de saúde. Revelou-me que os que pretendem guardar os Seus mandamentos devem ser postos em relação sagrada com Ele e, por meio da temperança no comer e no beber, conservar o espírito e o corpo nas condições mais favoráveis para o Seu serviço. Essa luz me foi uma grande bênção. Tomei posição como observadora da reforma de saúde, sabendo que o Senhor me fortaleceria. Tenho hoje melhor saúde do que na juventude, apesar da minha idade. CI 239 5 Houve quem alegasse que não tenho seguido os princípios da reforma de saúde, tais como os defendo em meus escritos; posso, entretanto, dizer que tenho sido fiel a essa reforma. Os membros da minha família sabem que isso é verdade. -- Testimonies for the Church 9:158, 159. CI 240 1 "Para a glória de Deus" -- Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde há muita fruta, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. Fui instruída que a alimentação de carne tende a embrutecer a natureza e a privar as pessoas daquele amor e simpatia que devem sentir umas pelas outras, dando aos instintos baixos o domínio sobre as faculdades superiores do ser. Se a alimentação de carne foi saudável algum dia, é perigosa agora. Constitui em grande parte a causa dos cânceres, tumores e moléstias dos pulmões. CI 240 2 Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso de carne, têm sobre outras pessoas. Como mensageiros de Deus, não deveríamos testemunhar ao povo: "Quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus"? 1 Coríntios 10:31. Não deveríamos dar um testemunho decidido contra a transigência com o apetite pervertido? Pode ser considerado apropriado que os ministros do evangelho, que estão a proclamar a verdade mais solene já enviada aos mortais, se constituam em exemplo no regresso às panelas de carne do Egito? É lícito que os que são sustentados pelos dízimos dos celeiros de Deus se permitam a condescendência que tende a envenenar a corrente vivificadora que lhes flui nas veias? É correto que desprezem a luz que Deus lhes deu e as advertências que lhes faz? A saúde do corpo deve ser considerada como essencial para o crescimento na graça e para a aquisição de bom temperamento. Se o estômago não for bem cuidado, a formação de caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir também impróprios. CI 240 3 Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar a tudo o que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus. CI 240 4 Somente quando dermos atenção inteligente aos princípios do viver saudável seremos habilitados a ver os males que resultam do regime impróprio. Os que, depois de reconhecerem seus erros, tiverem coragem para reformar seus hábitos; hão de experimentar que o processo da reforma exige lutas e muita perseverança. Uma vez educados os gostos, porém, reconhecerão que o uso de alimentos que antes haviam considerado inofensivos, estivera, pouco a pouco, mas de modo contínuo, lançando bases para a dispepsia e outras moléstias. CI 240 5 Os pais e mães devem vigiar em oração. Devem colocar-se em guarda rigorosa contra a intemperança sob qualquer forma. Ensinem aos filhos os princípios da verdadeira reforma de saúde. Ensinem-lhes o que convém evitar, a fim de preservar a saúde. Já a ira de Deus está começando a manifestar-se sobre os filhos da desobediência. Quantos crimes, pecados e práticas iníquas estão se manifestando por todos os lados! Como um povo, devemos ter o maior cuidado de proteger nossos filhos da companhia depravada. -- Testimonies for the Church 9:159-161. CI 241 1 Educar o povo -- Devem ser feitos os maiores esforços para educar o povo nos princípios da reforma de saúde. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, na arte de preparar alimentos saudáveis. Todos, adultos e jovens, necessitam aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo terá de aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir um regime alimentar adequado sem lançar mão dos alimentos animais. CI 241 2 Ensinemos ao povo que é melhor saber conservar a saúde do que curar as enfermidades. Nossos médicos devem ser educadores sábios, advertindo a todos contra a tolerância do apetite e mostrando que a abstinência das coisas que Deus proibiu é o único modo de evitar a ruína não só do corpo, mas também da mente. CI 241 3 Muito cuidado e habilidade devem ser empregados na preparação dos alimentos destinados a substituir os que antigamente constituíam o regime alimentar dos que agora estão aprendendo a ser reformadores de saúde. Para esse fim requer-se fé em Deus, firmeza de propósito e o desejo de promover o auxílio mútuo. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta opróbrio à causa da reforma de saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo. -- Testimonies for the Church 9:161. CI 241 4 Exageros no regime alimentar -- Alguns de nosso povo, ainda que se abstenham conscienciosamente de alimentos impróprios, deixam, entretanto, de suprir-se dos elementos necessários ao sustento do corpo. Nutrindo idéias exageradas a respeito da reforma de saúde, correm o risco de preparar pratos tão insípidos que não satisfazem o apetite. É necessário preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não se deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal é realmente essencial para o sangue. Os vegetais podem tornar-se mais saborosos com um pouco de leite, nata. ou algo equivalente. CI 241 5 Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso de manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. CI 242 1 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e ficaram incapacitados para o trabalho. Assim é que a reforma de saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado construir solidamente, acaba confundida com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja são desperdiçadas. Mas Deus intervirá para evitar os resultados de idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus. CI 242 2 Tempo virá em que talvez tenhamos que deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidade para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperemos até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare o caminho para isso. CI 242 3 Os que almejam êxito na proclamação dos princípios da reforma pró-saúde devem fazer da Palavra de Deus seu guia e conselheiro. Somente quando assim procederem é que os mestres dos princípios dessa reforma poderão se colocar em terreno vantajoso. Evitemos dar testemunho contra ela, deixando de usar alimentos nutritivos e saborosos em lugar das coisas prejudiciais do regime que abandonamos. De forma alguma satisfaçamos o apetite quando ele requer estimulantes. Usemos somente alimentos simples, nutritivos e agradeçamos a Deus constantemente pelos princípios da reforma pró-saúde. Em tudo sejamos verdadeiros e retos, e ganharemos vitórias preciosas. -- Testimonies for the Church 9:161-163. CI 242 4 O regime alimentar em diferentes países -- Apesar de batalhar contra a glutonaria e a intemperança, necessitamos reconhecer a condição a que está sujeita a família humana. Deus fez provisões para os que vivem nas diversas partes do mundo. Os que desejam ser Seus cooperadores devem refletir maduramente antes de especificar os alimentos que devem ser usados e os que não devem. Cumpre colocar-nos em ligação íntima com o povo. Se a reforma de saúde com todo o seu rigor, for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem a sua adoção, poderá produzir mais mal do que bem. Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que tomem os alimentos mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: "Não devem comer ovos, nem usar leite ou nata. Não devem empregar manteiga no preparo dos alimentos." O evangelho tem que ser pregado aos pobres, mas ainda não chegamos ao tempo em que deverá ser prescrito o regime dietético mais rigoroso. -- Testimonies for the Church 9:163. CI 242 5 Deus quer nos abençoar -- Os pastores que se sentem em liberdade para tolerar o apetite estão longe de atingir o alvo. Deus os quer como reformadores de saúde. Deseja-os vivendo na luz que foi dada sobre este assunto. Entristece-me ver os que deveriam ser zelosos dos nossos princípios de saúde, ainda não estão convertidos ao modo de vida que nos convém. Oro ao Senhor para que lhes impressione o espírito com o fato de que estão sofrendo grande perda. Se tudo fosse como deveria ser nos lares de que se compõem nossas igrejas, faríamos trabalho dobrado para o Senhor. CI 243 1 A fim de serem purificados e permanecerem puros, os adventistas do sétimo dia têm de possuir o Espírito Santo em seu coração e lar. O Senhor me revelou que quando o Israel de hoje se humilhar perante Ele e limpar toda mancha que porventura contamine o templo da alma, ouvir-lhe-á as orações em favor dos enfermos e os abençoará no uso de Seus remédios. Se o agente humano fizer, pela fé, tudo quanto puder para combater a enfermidade, empregando os métodos simples de tratamento por Deus providos, seus esforços serão abençoados por Ele. CI 243 2 Se depois de tanta luz que lhes foi dada, os filhos de Deus ainda mantiverem hábitos errôneos, condescendendo com o apetite e recusando reformar-se, sofrerão fatalmente as conseqüências da transgressão. Se desejarem satisfazer o apetite pervertido, seja a que preço for, Deus não os salvará miraculosamente daquilo que é o resultado de sua condescendência. "Em tormentos, jazereis". Isaías 50:11. [...] CI 243 3 Quantos se privam das bênçãos mais preciosas que Deus tem em depósito para eles, seja em saúde, seja em dons espirituais! Há muitas pessoas que reclamam vitórias e bênçãos especiais para que possam fazer alguma coisa apreciável. Para esse fim estão sempre sentindo que lhes é necessário empenhar-se numa exaustiva luta com orações e lágrimas. Quando tais pessoas esquadrinharem as Escrituras com espírito de oração, para conhecer a vontade divina e pô-la em prática de todo o coração, sem reserva alguma nem tolerância de qualquer espécie, encontrarão descanso. Todas as agonias, lágrimas e lutas não lhes produzirão a bênção que anelam. O eu precisa ser totalmente renunciado. Devem fazer a obra que se lhes apresenta, recebendo a plenitude da graça de Deus, que é prometida a todos os que a pedem com fé. CI 243 4 "Se alguém quer vir após Mim. negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me". Lucas 9:23. Sigamos o Salvador em Sua simplicidade e renúncia. O Homem do Calvário seja por nós enaltecido pela palavra e pela vida santificada. O Salvador chega muito perto dos que se consagram a Deus. Se já houve um tempo em que mais necessitássemos da operação do Espírito Santo no coração e na vida, esse tempo é o atual. Asseguremo-nos desse poder divino para termos a força de viver uma vida de santidade e renúncia. -- Testimonies for the Church 9:163-166. ------------------------Capítulo 43 -- A igreja na terra CI 244 1 Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador; mas a igreja militante não é a igreja triunfante. Há joio entre o trigo. 'Queres, pois, que vamos arrancá-lo?' (Mateus 13:28) foi a pergunta do servo; mas o pai de família respondeu: 'Não; para que, ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele'. Mateus 13:29. A rede do evangelho apanha não só peixes bons, mas também ruins, e só o Senhor sabe quem são os Seus. CI 244 2 É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem estranha, nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que procuram andar na luz, componham Babilônia. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 61. CI 244 3 Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. O mundo é uma oficina em que pela cooperação de agentes humanos e divinos, Jesus está, por Sua graça e divina misericórdia, fazendo experiências em corações humanos. [...] CI 244 4 Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em seus recursos para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. Tem Deus agentes divinamente designados -- homens a quem Ele está guiando, que suportaram o calor e a fadiga do dia, que cooperam com os instrumentos celestiais para promoverem o reino de Cristo em nosso mundo. Unam-se todos a esses agentes escolhidos, e sejam afinal encontrados entre os que têm a paciência dos santos, guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 49, 58. CI 244 5 A igreja na Terra unida com a do Céu -- A igreja de Deus na Terra se une com a do Céu. Os crentes na Terra e os seres celestiais que não pecaram, constituem uma só igreja. Cada ser celestial toma interesse nos santos que na Terra se reúnem para adorar a Deus. Os testemunhos dos crentes são por eles ouvidos na corte celestial, e o louvor e ações de graças dos adoradores na Terra repetidos em seus cânticos divinos, repercutem no Céu seu louvor e alegria porque Cristo não morreu em vão pelos caídos filhos de Adão. E, ao passo que os anjos participam diretamente do manancial divino, os santos da Terra abeberam-se das correntes de águas puras que fluem do trono, das correntes de águas que alegram a cidade de Deus. CI 245 1 Que todos possam compreender quão perto estão a Terra e o Céu! Sem que disso se apercebam os filhos de Deus na Terra, anjos de luz se constituem os seus companheiros. Uma testemunha silenciosa atenta para cada pessoa, procurando atraí-La para Cristo. E a menos que o homem, para sua ruína eterna, resista ao Espírito Santo, enquanto houver esperança, será guardado por seres celestiais. Devemos ter sempre presente que, em cada assembléia de crentes na Terra, anjos de Deus lhes estão escutando os testemunhos, hinos e orações. Devemos lembrar que nossos louvores são completados pelos coros de anjos celestiais. CI 245 2 Portanto, ao reunir-nos sábado após sábado, cantemos louvores Àquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Ao que nos amou e em Seu precioso sangue nos lavou dos pecados, dediquemos a adoração de nossa alma. Seja o amor de Cristo a preocupação dos que pregam a Palavra! Seja ela expressa em linguagem simples em cada hino de louvor! Sejam nossas orações ditadas pelo Espírito de Deus! Ao ser pregada a palavra da vida, testemunhemos de coração que a aceitamos como uma mensagem vinda de Deus. [...] CI 245 3 Deus ensina que devemos congregar-nos em Sua casa, a fim de cultivar as qualidades do amor perfeito. Com isso os habitantes da Terra serão habilitados para as moradas celestiais que Cristo foi preparar para os que O amam. Lá no santuário de Deus, reunir-se-ão, então, sábado após sábado e mês a mês para participarem dos mais sublimes cânticos de louvor e ação de graças, entoados em honra dAquele que está assentado no trono, e ao Cordeiro, eternamente. -- Testimonies for the Church 6:366-368. CI 245 4 Autoridade concedida à igreja -- Cristo dá poder à voz da igreja. "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu". Mateus 18:18. Não há apoio para um homem levantar-se por iniciativa própria e defender as idéias que bem entender, sem considerar a posição da igreja. Deus concedeu o mais alto poder, abaixo do Céu. à Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo unido na qualidade de igreja que deve ser respeitada. -- Testimonies for the Church 3:450, 451. CI 245 5 A Palavra de Deus não dá licença a que um homem ponha seu julgamento em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia manter-se unida como um corpo. Sempre tem havido indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos e que Deus os havia ensinado, impressionado e guiado especialmente. Cada um tem uma teoria sua particular, idéias peculiarmente suas, e cada um pretende que essas idéias se acham em harmonia com a Palavra de Deus. Cada um tem diferente teoria e fé, e não obstante pretende cada um possuir luz especial de Deus. Essas pessoas separam-se da corporação, e constituem por si mesmas uma igreja à parte. Não podem estar todas certas, todavia pretendem todas ser guiadas pelo Senhor. [...] CI 246 1 Nosso Salvador acompanha Suas lições com a promessa de que, se dois ou três se unirem em pedir alguma coisa a Deus, isso lhes será feito. Cristo mostra aqui que deve haver união com outros, mesmo em nossos desejos por determinado objetivo. Grande importância é atribuída à oração feita em comum, à união de desígnios. Deus atende às orações dos indivíduos; nessa ocasião, porém, Jesus estava dando lições especiais e importantes, que deviam ser de particular influência na igreja que acabava de organizar na Terra. Deve haver acordo acerca das coisas que desejam, e pelas quais oram. Não simplesmente os pensamentos e esforços de uma só pessoa, sujeita a enganos; mas as petições devem constituir o veemente desejo de várias mentes concentradas em um ponto. -- Testimonies for the Church 3:428, 429. CI 246 2 A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo aos "principados e potestades nos Céus" (Efésios 3:10), a final e ampla demonstração do amor de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 9. CI 246 3 Paul foi encaminhado à igreja para ser instruído -- Muitos nutrem a idéia de que só a Cristo são responsáveis no que respeita à luz e à própria experiência, independentemente de Seus reconhecidos seguidores no mundo. Isto, porém, é condenado por Ele nos ensinos que nos dá, bem como nos exemplos e nos fatos que nos tem dado para nossa instrução. Aí estava Paulo, pessoa a quem Cristo devia preparar para importantíssima obra, que Lhe devia ser vaso escolhido, levado diretamente à presença de Cristo; todavia, Ele não lhe ensina as lições da verdade. Detém-lhe a carreira e infunde-lhe convicção; e quando ele pergunta: "Que queres que eu faça?" (Atos dos Apóstolos 9:6), o Salvador não lhe diz diretamente, mas põe-no em contato com Sua igreja. Eles lhe dirão o que lhe cumpre fazer. Jesus é o amigo dos pecadores, tem o coração sempre aberto, sempre sensível aos sofrimentos da humanidade; tem todo o poder, tanto no Céu como na Terra; respeita, no entanto, o meio que ordenou para esclarecimento e salvação dos homens. Encaminha Saulo à igreja, reconhecendo assim o poder de que a investiu como veículo de luz para o mundo. É o corpo organizado de Cristo na Terra, e importa que se Lhe respeitem as ordenanças. No caso de Saulo, Ananias representa Cristo, ao mesmo tempo que representa os pastores de Cristo na Terra, os quais são designados para agir em Seu lugar. -- Testimonies for the Church 3:433. CI 247 1 São apresentados, na conversão de Paulo, importantes princípios que devemos conservar sempre em mente. O Redentor do mundo não aprova, em assuntos religiosos, idéias e práticas independentes por parte de Sua igreja organizada e reconhecida, onde Ele tem uma igreja. -- Testimonies for the Church 3:432, 433. CI 247 2 O Filho de Deus identificou-Se com a função e a autoridade de Sua igreja organizada. Suas bênçãos deviam vir por meio dos instrumentos que ordenara, ligando assim os homens com os condutos que as deviam transmitir. O fato de Paulo ser estritamente consciencioso em sua obra de perseguir os santos não o inocenta quando o Espírito de Deus o impressiona com o conhecimento da cruel obra que fizera. Tem de tornar-se aluno dos discípulos. -- Testimonies for the Church 3:432. CI 247 3 Todos os membros da igreja, se são filhos e filhas de Deus, terão de se submeter a um processo de disciplina, antes que possam constituir-se luzes neste mundo. Deus não fará condutos de luzes a pessoas que, estando em trevas, se contentam de nelas permanecer, sem fazer nenhum esforço especial para pôr-se em comunicação com a fonte da luz. Os que sentem as suas necessidades e se despertam para nelas meditar profundamente, oram e agem séria e perseverantemente, obterão auxílio de Deus. Há muito a desaprender no que respeita à própria pessoa, como também há muito a aprender. Velhos hábitos e costumes precisam ser renunciados e é somente mediante um esforço sério e persistente para corrigir esses erros, e a prática dos princípios da verdade, que, pela graça divina, a vitória pode ser obtida. -- Testimonies for the Church 4:485, 486. CI 247 4 Conselho a alguém que espalhava o erro -- Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derrubar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 51. CI 247 5 Como os que foram constituídos mordomos de haveres e habilidades, tendes empregado mal os bens do vosso Senhor, disseminando o erro. Todo o mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da lei de Deus, e a igreja que for leal a Jeová terá de empenhar-se num conflito mais que normal. "Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". Efésios 6:12. Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas com todas as suas forças, hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 51. ------------------------Capítulo 44 -- A organização da igreja CI 248 1 Alguém deve cumprir a comissão de Cristo; alguém terá de levar avante a obra que Ele começou a fazer na Terra; à igreja foi dado esse privilégio. Para isso foi ela organizada. -- Testimonies for the Church 6:295. CI 248 2 Os pastores devem ser amantes da ordem e praticantes da autodisciplina. Então poderão com êxito disciplinar a igreja de Deus e ensiná-la a trabalhar em harmonia, semelhante a uma companhia de soldados bem preparada. Se a disciplina e a ordem são necessárias para uma ação bem-sucedida no campo de batalha, elas são tanto mais requeridas na luta em que estamos empenhados, assim quanto maior é o nosso objetivo a ser alcançado, pois no conflito em que estamos envolvidos, interesses eternos estão em jogo. CI 248 3 Os anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais atentamente imitarmos a harmonia e a ordem da multidão angélica, tanto mais bem-sucedidos serão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmoniosa, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nosso modo de agir, os anjos, que são totalmente organizados e se movem em perfeita ordem, não conseguem agir com sucesso em nosso favor. Eles se afastam entristecidos, pois não estão autorizados a abençoar confusão, desordem e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em uníssono com eles. Os que possuem a unção do alto desejarão em todos os seus esforços estimular a ordem, a disciplina, a unidade de ação, e então os anjos de Deus podem cooperar com eles. Mas nunca, nunca esses mensageiros celestiais darão seu endosso à irregularidade, desorganização e desordem. Todos esses males são resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer nossas forças, destruir o ânimo e impedir a ação bem-sucedida. CI 248 4 Satanás bem sabe que o sucesso só pode acompanhar a ação ordeira e harmoniosa. Sabe que tudo quanto se acha ligado ao Céu está em perfeita ordem, que sujeição e perfeita disciplina marcam os movimentos da multidão angélica. É seu estudado esforço levar os professos cristãos o mais distante possível dos arranjos feitos pelo Céu. Portanto, ele engana mesmo o professo povo de Deus, e o faz crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade; que a única segurança para eles é deixar que cada um siga a própria conduta e aja independentemente do corpo de crentes, que está unido e trabalhando para estabelecer disciplina e harmonia de ação. Todos os esforços feitos para estabelecer ordem são considerados perigosos, uma restrição da justa liberdade e, conseqüentemente, devem ser temidos como papismo. Essas pessoas enganadas consideram virtude gabar-se de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Não aceitarão nada do que qualquer homem diz. Não se submetem a nenhum homem. Foi-me mostrado que é obra especial de Satanás levar os homens a achar que é o plano de Deus que eles se tornem auto-suficientes e escolham a própria conduta, independentemente de seus irmãos. -- Testimonies for the Church 1:649, 650. CI 249 1 Deus fez de Sua igreja na Terra um conduto de luz, e, por intermédio dela comunica Seus desígnios e Sua vontade. Ele não dá a um de Seus servos uma experiência independente da experiência da própria igreja, ou a ela contrária. Nem dá a um homem um conhecimento de Sua vontade para toda a igreja, enquanto esta -- corpo de Cristo -- é deixada em trevas. Em Sua providência, Ele coloca Seus servos em íntima relação com a igreja, a fim de que tenham menos confiança em si mesmos, e mais em outros a quem Ele está guiando para levarem avante Sua obra. -- Atos dos Apóstolos, 163. CI 249 2 Igrejas organizadas no tempo dos apóstolos -- A organização da igreja em Jerusalém deveria servir como modelo para a organização de igrejas em todos os outros lugares em que mensageiros da verdade conquistassem conversos ao evangelho. Aqueles a quem fora entregue a responsabilidade da administração geral da igreja, não deveriam assenhorear-se da herança de Deus, mas, como sábios pastores, apascentar "o rebanho de Deus", "servindo de exemplo ao rebanho" (1 Pedro 5:2, 3); e os diáconos deveriam ser "varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria". Atos dos Apóstolos 6:3. Estes homens deveriam, unidos, defender o direito e mantê-lo com firmeza e decisão; assim teriam sobre o rebanho todo, uma influência para a união. [...] CI 249 3 Como importante fator no crescimento espiritual dos novos conversos, os apóstolos tiveram o cuidado de cercá-los com a salvaguarda da ordem evangélica. As igrejas eram devidamente organizadas em todos os lugares da Licaônia e da Pisídia onde houvesse crentes. Eram indicados oficiais para cada igreja, e ordem e sistema próprios eram estabelecidos para que se conduzissem todas as atividades pertinentes ao bem-estar espiritual dos crentes. CI 249 4 Isso estava em harmonia com o plano evangélico de unir num só corpo todos os crentes em Cristo, e esse plano devia Paulo seguir cuidadosamente através de seu ministério. Aqueles que, em qualquer lugar, eram por seus labores levados a aceitar a Cristo como o Salvador, eram, a seu devido tempo, organizados em igreja. Ainda quando os crentes eram poucos era isto feito. Os cristãos eram desta maneira ensinados a se ajudarem mutuamente, recordando a promessa: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles". Mateus 18:20. -- Atos dos Apóstolos, 91, 185, 186. CI 250 1 Enfrentando a dissensão na igreja -- Em Jerusalém os delegados de Antioquia se encontraram com os irmãos das várias igrejas, que se haviam congregado para a reunião geral; e a estes relataram os sucessos que seu ministério entre os gentios haviam alcançado. Deram-lhes então um claro esboço da confusão que resultara porque certos fariseus convertidos tinham ido a Antioquia declarando que, para se salvarem, os conversos gentios precisavam ser circuncidados e deviam guardar a lei de Moisés. Esta questão foi ardorosamente debatida na assembléia. [...] CI 250 2 Ao Espírito Santo pareceu bem não impor aos gentios conversos a lei cerimonial, e o parecer dos apóstolos a este respeito foi como o do Espírito de Deus. Tiago presidiu ao concílio, e sua decisão final foi: "Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus." Isto pôs fim à discussão. [...] CI 250 3 Nesta ocasião parece ter sido escolhido Tiago para anunciar a decisão tomada pelo concílio. [...] Os conversos gentios, porém, deviam abandonar os costumes incoerentes com os princípios do cristianismo. Os apóstolos e anciãos, portanto, concordaram em instruir por carta os gentios a se absterem de carnes sacrificadas aos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Deviam ser instigados a guardar os mandamentos, e a levar vida santa. Deviam também estar certos de que os que declaravam ser a circuncisão obrigatória não estavam autorizados a fazê-lo em nome dos apóstolos. [...] CI 250 4 O concílio que decidiu este caso era composto dos apóstolos e mestres que se haviam salientado no trabalho de levantar igrejas cristãs judaicas e gentias, juntamente com delegados escolhidos de vários lugares. Estavam presentes anciãos de Jerusalém e delegados de Antioquia, e as igrejas mais influentes estavam representadas. O concílio se conduziu de acordo com os ditames de iluminado juízo e com a dignidade de uma igreja estabelecida pela vontade divina. Como resultado de suas deliberações, todos eles viram que o próprio Deus havia dado resposta à questão em apreço, concedendo aos gentios o Espírito Santo; e sentiram que era sua parte seguir a guia do Espírito. CI 250 5 Não foram convocados todos os crentes para votarem sobre a questão. Os "apóstolos e anciãos" (Atos dos Apóstolos 15:23), homens de influência e bom senso, redigiram e expediram o decreto, que foi logo aceito pelas igrejas cristãs. Nem todos, entretanto, ficaram contentes com a decisão; havia uma facção de irmãos ambiciosos e possuídos de presunção que a desaprovaram. Esses homens pretensiosamente tomaram a decisão de se empenhar na obra sob a própria responsabilidade. Entregaram-se a muita murmuração e crítica, propondo novos planos e procurando deitar abaixo a obra dos homens a quem Deus ordenara ensinassem a mensagem do evangelho. Desde o início teve a igreja tais obstáculos a enfrentar, e há de tê-los até a consumação do tempo. -- Atos dos Apóstolos, 191, 194-197. CI 251 1 O perigo de considerar o julgamento individual como supremo -- Os que são inclinados a considerar como supremo seu critério individual, acham-se em grave perigo. É o estudado esforço de Satanás separar a esses dos que são condutos de luz, e por cujo intermédio Deus tem operado para edificar e estender Sua obra na Terra. Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as responsabilidades da administração ligadas ao progresso da verdade, é rejeitar o meio ordenado por Ele para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo. Passar qualquer obreiro na causa do Senhor por alto a esses, e pensar que a luz não lhe deve vir por nenhum outro instrumento mas diretamente de Deus, é assumir uma atitude em que está sujeito a ser iludido pelo inimigo, e vencido. CI 251 2 Em Sua sabedoria, o Senhor tem designado que, mediante a íntima relação mantida por todos os crentes, cristão esteja unido a cristão, igreja a igreja. Assim estará o instrumento humano habilitado a cooperar com o divino. Todo o agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os crentes unidos num esforço organizado e bem dirigido para dar ao mundo as alegres novas da graça de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 164. CI 251 3 Como todos os membros do organismo humano -- diversos entre si -- se unem para formar o corpo, e cada um desempenha suas funções em obediência ao poder que governa o todo, assim os membros da igreja de Cristo devem estar unidos em um corpo simétrico, sujeito ao santificado entendimento do todo. -- Testimonies for the Church 4:16. CI 251 4 Eleição e ordenação de líderes locais -- Escreve o apóstolo Paulo a Tito: "Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus". Tito 1:5-7. [...] "A ninguém imponhais apressadamente as mãos". 1 Timóteo 5:22. CI 251 5 Em algumas de nossas igrejas se passou demasiado cedo à organização de igrejas e ordenação de anciãos, com manifesto desprezo da regra estabelecida na Bíblia. Em conseqüência, surgiram grandes dificuldades na igreja. Não se devem eleger e ordenar dirigentes que se não provarem aptos para essa obra de responsabilidade e que primeiro precisam ser convertidos, educados e enobrecidos, a fim de poderem servir na causa de Deus em qualquer ramo. -- Testimonies for the Church 5:617. CI 252 1 O patrimônio da igreja -- Em se despertando qualquer interesse numa vila ou cidade, esse interesse deve ser apoiado. Os lugares devem ser completamente trabalhados, até que se erga uma humilde casa de culto como sinal, como monumento do sábado de Deus, como uma luz entre as trevas morais. Esses monumentos devem aparecer em muitos lugares, como testemunhos da verdade. -- Testimonies for the Church 6:100. CI 252 2 Assuntos que dizem respeito à igreja não devem ser deixados pendentes. Precisam ser tomadas providências com o objetivo de garantir o patrimônio da igreja para a causa de Deus, a fim de que o trabalho não seja impedido em seu progresso e que os meios que as pessoas desejarem dedicar à causa do Senhor não sejam desviados para as fileiras do inimigo. CI 252 3 Vi que o povo de Deus deve agir sabiamente, e nada deixar por fazer para colocar os negócios da igreja em perfeita ordem. Então, depois de fazer tudo o que lhes estiver ao alcance, devem confiar no Senhor para que dirija essas coisas por eles, de maneira que Satanás não obtenha nenhuma vantagem sobre o povo remanescente de Deus. Agora é o tempo para Satanás agir. Um futuro tormentoso está diante de nós; e a igreja deve ser despertada para fazer um movimento de avanço, para que possa permanecer firme contra seus planos. É tempo de fazer-se alguma coisa. Deus não Se agrada quando Seu povo deixa os assuntos da igreja sem solução e permitem que o inimigo tenha toda vantagem e controle os negócios como melhor lhe pareça. -- Testimonies for the Church 1:211. CI 252 4 Reuniões regionais -- Façamos um esforço extraordinário para assistir à reunião do povo de Deus. CI 252 5 Irmãos e irmãs, é muito melhor deixar que os negócios sofram um pouco do que perder o ensejo de ouvir a mensagem de Deus. Nenhuma desculpa deve nos impedir de obter toda vantagem espiritual possível. Necessitamos de todo raio de luz. Precisamos nos habilitar para dar a razão da esperança que há em nós, com mansidão e temor. Não se pode perder um privilégio assim. [...] CI 252 6 Nenhum de nós deve ir à reunião campal confiando nos pastores ou nos obreiros bíblicos para torná-la uma bênção para nós. Deus não quer que Seu povo dependa inteiramente dos pastores. Não quer que se enfraqueçam dependendo do auxílio de criaturas humanas. Não devem, como crianças impotentes, apoiar-se em outros. Como despenseiro da graça de Deus, todo membro de igreja deve sentir sua responsabilidade individual de ter vida e raiz em si mesmo. [...] CI 252 7 O êxito da reunião depende da presença e do poder do Espírito Santo. Todo o que ama a causa da verdade, deve orar pelo derramamento do Espírito. E o quanto estiver em nosso alcance, cumpre-nos remover todo obstáculo a Sua atuação. O Espírito jamais poderá ser derramado enquanto os membros da igreja nutrirem desarmonia e amargura uns contra os outros. Inveja, ciúmes, ruins suspeitas e maledicências, são coisas de Satanás, e barram eficazmente o caminho à operação do Espírito Santo. CI 253 1 Coisa alguma neste mundo é tão preciosa para Deus como Sua igreja. Coisa alguma é por Ele guardada com tão cioso cuidado. Coisa alguma ofende tanto ao Senhor como um ato que prejudique os que Lhe estão fazendo o serviço. Ele chamará a contas todos quantos ajudam Satanás em sua obra de criticar e desanimar. -- Testimonies for the Church 6:39, 41, 42. ------------------------Capítulo 45 -- A casa de Deus CI 254 1 Para a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembléia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida. [...] CI 254 2 A casa é o santuário da família; e o aposento particular ou o bosque o lugar mais recôndito para o culto individual; mas a igreja é o santuário da congregação. Devem existir aí regulamentos quanto ao tempo, lugar e maneira de adorar. Nada do que é sagrado, nada do que está ligado à adoração a Deus, deve ser tratado com negligência ou indiferença. Para que os homens possam verdadeiramente glorificar a Deus, importa que em suas relações pessoais façam distinção entre o que é sagrado e o que é profano. Os que têm idéias amplas, nobres pensamentos e aspirações, são os que têm relações que fortalecem todos os pensamentos sobre as coisas divinas. Felizes os que possuem um santuário, seja ele luxuoso ou modesto, no meio de uma cidade ou entre as cavernas das montanhas, no humilde aposento particular ou em algum deserto. Se for esse o melhor lugar que lhes é dado arranjar para esse fim, Deus o santificará pela Sua presença e será santo ao Senhor dos exércitos. -- Testimonies for the Church 5:491, 492. CI 254 3 Atitude de oração na casa de Deus -- Quando os adoradores entram na igreja devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente seu lugar. Se houver no recinto um aquecedor, não convém agrupar-se em torno dele em atitude indolente e preguiçosa. Conversas vulgares, cochichos e risos não devem ser permitidos na igreja, nem antes nem depois das reuniões. Ardente e profunda piedade deve caracterizar os adoradores. CI 254 4 Se faltam alguns minutos para o começo do culto, devem eles entregar-se à devoção e meditação silenciosa, elevando a alma em oração a Deus a fim de que a adoração se torne para eles uma bênção especial e produza convicção e conversões de outras pessoas. Devem lembrar-se de que estão presentes ali mensageiros do Céu. Perdemos geralmente muito da suave comunhão com Deus pela nossa inquietação, por não promovermos momentos de reflexão e oração. O estado espiritual da alma necessita muitas vezes ser passado em revista, e a mente e o coração serem elevados ao Sol da Justiça. CI 255 1 Se ao entrarem na casa de adoração, o povo o fizesse com a devida reverência, lembrando-se de que se acha ali na presença do Senhor, seu silêncio redundaria em testemunho eloqüente. Os cochichos, risos e conversas, que se poderiam admitir em qualquer outro lugar, não devem ser permitidos na casa em que Deus é adorado. A mente deve estar preparada para ouvir a Palavra de Deus, a fim de que esta possa exercer a devida influência e impressionar adequadamente o coração. CI 255 2 O pastor deve entrar na casa de oração com uma compostura digna e solene. Chegado ao púlpito, deve inclinar-se em silenciosa oração e pedir fervorosamente o auxílio de Deus. Que impressão fará isso! Transmite uma idéia de solenidade, de reverência. O pastor está em comunhão com Deus. Ele busca a Deus antes de se colocar diante da sua congregação. Uma profunda solenidade se apodera de todos, e os anjos de Deus são trazidos para bem perto. Cada um dos congregados deve também, de cabeça inclinada, unir-se ao pregador em silenciosa oração, e suplicar a Deus que abençoe a reunião com Sua presença, imprimindo poder à palavra ministrada por lábios humanos. -- Testimonies for the Church 5:492. CI 255 3 As reuniões de testemunhos e oração não devem causar tédio. Sendo possível, todos devem comparecer à hora marcada e, se houver retardatários que se atrasem um quarto de hora ou mais, cumpre não esperar por eles. Se houver apenas duas pessoas presentes, elas podem reivindicar a promessa. As reuniões devem, sendo possível, ser iniciadas na hora marcada, quer estejam presentes poucos ou muitos. -- Testimonies for the Church 2:577, 578. CI 255 4 Como se estivesse na presença visível de Deus -- A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por uma intuição de Sua infinita grandeza e consciência de Sua presença. Com esta percepção do Invisível deve ser profundamente impressionado o coração de toda criança. Deve-se ensiná-la a considerar como sagrados a hora e o lugar das orações e cerimônias do culto público, porque Deus está ali. E ao manifestar-se reverência na atitude e no porte, aprofundar-se-á o sentimento que a inspira. [...] "Santo e tremendo é o Seu nome". Salmos 111:9. -- Educação, 242, 243. CI 255 5 Ao ser aberta a reunião com oração, todos devem ajoelhar-se na presença do Altíssimo e elevar o coração a Deus em silenciosa devoção. As orações dos fiéis adoradores serão ouvidas e o ministério da palavra provar-se-á eficaz. A atitude sem vida dos adoradores na casa de Deus é uma das grandes razões por que o ministério não produz maior bem. A melodia do louvor, produzida por um conjunto de pessoas, é um testemunho claro e distinto, é um dos instrumentos de Deus na obra de salvar pessoas do pecado. Todo o culto deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na visível presença do próprio Deus. CI 255 6 Quando a Palavra é exposta, vocês devem lembrar-se de que é a voz de Deus que lhes está falando por meio de Seu servo. Escutem com atenção. Não dormitem nessa hora; porque assim fazendo é possível que lhes escapem nesse momento justamente as palavras de que mais necessitam ouvir -- palavras que, atendidas, os livrariam de enveredar por algum caminho errado. Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões; ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida. Às vezes é uma criança que desvia de tal modo a atenção dos ouvintes, que a semente preciosa não cai em terreno fértil para produzir fruto. Outras, são moços e moças que revelam tão pouco respeito pela adoração e pela casa de Deus, que se entretêm a conversar durante a pregação. Se pudessem perceber os anjos que os estão observando e anotando seu procedimento, corariam de vergonha com aversão de si mesmos. Deus quer ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que Satanás aproveitou para semear o joio. CI 256 1 Ao ser pronunciada a bênção final, todos devem conservar-se quietos, como temendo ficar privados da paz de Cristo. Saiam então todos sem se atropelar e evitando falar em voz alta, sentindo que estão na presença de Deus, Seus olhos repousam sobre todos e que devem agir como se estivessem em Sua visível presença. Ninguém deve deter-se nos corredores para encontros e tagarelice, impedindo a passagem aos outros que buscam a saída. Os arredores imediatos da igreja devem caracterizar-se por uma sagrada reverência, evitando os crentes fazer deles lugar de encontro com os amigos, a fim de trocarem frases banais ou tratarem de negócios. Tais coisas não convêm na igreja. Deus e os anjos têm sido desonrados em algumas igrejas pelas risadas barulhentas e irreverentes e o ruído de pés. -- Testimonies for the Church 5:493, 494. CI 256 2 A reverência infantil -- Pais, exaltem o padrão do cristianismo na mente de seus filhos, ajudando-os a entretecer a pessoa de Jesus em sua experiência, ensinando-os a ter o maior respeito pela casa de Deus e a compreender que quando entram ali devem fazê-lo com o coração comovido, ocupando-se com pensamentos como estes: "Deus está aqui; esta é a Sua casa. Devo alimentar pensamentos puros e guiar-me pelos mais santos propósitos. Não devo conservar em meu coração orgulho, inveja, ciúme, suspeitas, ódio ou engano, porque estou na presença de Deus. Este é o lugar onde Deus vem encontrar-Se com Seu povo e o abençoa. O Altíssimo e Santo, que habita na eternidade, me vê, esquadrinha meu coração, e lê meus mais secretos pensamentos e atos de minha vida." [...] CI 256 3 A delicada e impressionável mente dos jovens avalia o trabalho dos servos de Deus pela maneira como seus pais tratam o assunto. Muitos chefes de família têm por costume criticar em casa o culto, aprovando umas poucas coisas e condenando outras. Desse modo a mensagem de Deus aos homens é criticada, posta em dúvida e tratada levianamente. Só os livros do Céu poderão revelar que impressões são produzidas por essas observações imponderadas e irreverentes. Os filhos vêem e compreendem essas coisas muito mais facilmente do que imaginam os pais. Ao seu senso moral é assim dada uma orientação errada que o tempo nunca conseguirá retificar de todo. Os pais muitas vezes se queixam da dureza de coração dos filhos e da dificuldade que têm em convencê-los de seu dever de atender às exigências divinas. -- Testimonies for the Church 5:494, 497. CI 257 1 Deve também mostrar-se reverência pelo nome de Deus. Jamais deve esse nome ser proferido levianamente, precipitadamente. Mesmo na oração, deve ser evitada sua repetição freqüente e desnecessária. "Santo e tremendo é o Seu nome". Salmos 111:9. Os anjos, quando pronunciam este nome, cobrem o rosto. Com que reverência devemos nós, que somos decaídos e pecadores, tomá-lo nos lábios! -- Educação, 243. CI 257 2 Vi que o santo nome de Deus devia ser usado com reverência e temor. As palavras Deus todo-poderoso são juntadas e usadas por alguns em oração de maneira irrefletida e descuidada, o que Lhe é desagradável. Tais pessoas não possuem o senso de Deus ou da verdade, ou não falariam tão irreverentemente do grande e terrível Deus, que breve irá julgá-los no último dia. Disse o anjo: "Não as associem, pois terrível é o Seu nome." Os que compreendem a grandeza e a majestade de Deus, tomarão o Seu nome nos lábios com santo temor. Ele habita na luz inacessível: nenhum homem pode vê-Lo e viver. Vi que essas coisas precisarão ser compreendidas e corrigidas antes que a igreja possa prosperar. -- Primeiros Escritos, 122. CI 257 3 Devemos reverenciar a Palavra de Deus. Devemos mostrar respeito para com o volume impresso, nunca fazendo dele usos comuns, ou manuseando-o descuidadamente. Jamais devem as Escrituras ser citadas em uma pilhéria, ou referidas para reforçar um dito espirituoso. "Toda Palavra de Deus é pura" (Provérbios 30:5), "como prata refinada em forno de barro e purificada sete vezes". Salmos 12:6. CI 257 4 Acima de tudo, ensine-se às crianças que a verdadeira reverência se mostra pela obediência. Deus nada ordenou que não seja essencial; e não há outro modo de se Lhe manifestar reverência tão agradável como a obediência ao que Ele disse. CI 257 5 Deve-se mostrar respeito para com os representantes de Deus -- pastores, professores pais, os quais são chamados para falarem e agirem em Seu lugar. No respeito que lhes é manifestado, Deus é honrado. -- Educação, 244. CI 257 6 Bom seria, para velhos e jovens, ponderarem as palavras da Escritura que mostram como o lugar assinalado pela presença especial de Deus deve ser considerado. "Tira os teus sapatos de teus pés", ordenou Ele junto à sarça ardente, "porque o lugar em que tu estás é terra santa". Êxodo 3:5. Jacó, depois de contemplar a visão dos anjos, exclamou: "O Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. [...] Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos Céus". Gênesis 28:16, 17. -- Obreiros Evangélicos, 178, 179. CI 258 1 Tanto por exemplo como por preceito, deveis demonstrar que reverenciais vossa fé, falando reverentemente de coisas sagradas. Nunca permitais que escape de vossos lábios uma expressão de leviandade e frivolidade quando citais as Escrituras. Ao tomar a Bíblia nas mãos, lembrai-vos de que estais sobre terra santa. Há anjos ao vosso redor, que poderíeis ver se fossem abertos os vossos olhos. Seja vossa conduta de molde a deixardes sobre cada alma com que vos relacioneis a impressão de que estais rodeados de uma atmosfera pura e santa. Uma palavra vã, uma risada frívola, podem impelir uma alma na direção errada. Terríveis são as conseqüências de não ter constante ligação com Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 194, 195. CI 258 2 Nossa roupa deve testemunhar de que Deus domina nossa vida -- Todos devem ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior que é impróprio para o santuário. Não deve haver ostentação de vestuário, pois isso provoca irreverência. Não raro a atenção das pessoas é dirigida sobre uma ou outra peça de roupa e desse modo são sugeridos pensamentos que não deveriam ocorrer na mente dos adoradores. Deus deve ser a razão exclusiva de nossos pensamentos e de nossa adoração; qualquer coisa tendente a desviar a mente de Seu culto solene e sagrado constitui uma ofensa a Ele. [...] CI 258 3 Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a este respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente neste assunto. Se virem os filhos inclinando-se para a moda, devem, como Abraão, ordenar resolutamente a sua casa de acordo com seus princípios. Em vez de vincular os filhos ao mundo, devem uni-los a Deus. Que ninguém desonre a casa de Deus com enfeites ostensivos. Deus e os anjos estão ali presentes. O Santo de Israel assim Se manifestou por meio de Seu apóstolo: "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". 1 Pedro 3:3, 4. -- Testimonies for the Church 5:499, 500. ------------------------Capítulo 46 -- Cuidando dos que erram CI 259 1 Cristo veio ao mundo, a fim de pôr a salvação ao alcance de todos. Na cruz do Calvário pagou o preço infinito exigido pela redenção do mundo. Sua abnegação e renúncia, Seu trabalho desinteressado, Sua humilhação, e sobretudo, o holocausto de Sua vida, atestam o amor profundo que dedicou à humanidade decaída. Veio para salvar o que se perdera. Sua missão atingia os pecadores de todas as categorias, de qualquer língua ou nação. Por todos pagou o preço de sua redenção, a fim de reintegrá-los na comunhão e harmonia do Céu. Não desprezava os que se haviam feito culpados dos mais graves erros e delitos. Seu trabalho era desempenhado com especial consideração pelos que mais necessitavam da salvação que viera trazer. Quanto mais urgente reforma um caso pedia, tanto mais profundo era Seu interesse, maior Sua simpatia e mais devotados Seus esforços. Seu amorável coração se comovia até às profundezas por aqueles cuja condição menos esperança oferecia e que mais necessitavam de Sua graça regeneradora. [...] CI 259 2 Todavia, entre nós se tem feito notar uma falta de simpatia e amor, profundo e sincero, em prol dos que são tentados e erram. Muitos têm revelado grande frieza e negligência pecaminosa, que Cristo representou pelo indivíduo que passa de largo, guardando a maior distância possível dos que mais necessitam de sua ajuda. A pessoa recém-convertida, sustenta muitas vezes lutas tremendas com hábitos arraigados ou com algumas formas especiais de tentação e, sendo vencida por alguma paixão ou tendência dominante, incorre naturalmente na culpa de imprudência ou real injustiça. Nessas circunstâncias é preciso que os irmãos desenvolvam energia, tato e sabedoria, a fim de ser-lhe restituída a saúde espiritual. É a esses casos que se aplica a admoestação divina: "Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado". Gálatas 6:1. "Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos". Romanos 15:1. -- Testimonies for the Church 5:603-605. CI 259 3 As censuras brandas, as respostas suaves e palavras agradáveis são muito mais apropriadas para reformar e salvar, do que a severidade e aspereza. Um pouco mais de falta de bondade poderá colocar as pessoas além de seu alcance, ao passo que um espírito conciliatório seria o meio de as prender a você, sendo-lhe então possível confirmá-las no bom caminho. Você deve também ser movida por um espírito perdoador, e dar o devido valor a todo bom desígnio e ação dos que a rodeiam. -- Testimonies for the Church 4:65. CI 260 1 "Que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei" -- Deus realizou Sua parte no plano de salvar o homem e convida agora a igreja a colaborar com Ele. De um lado estão o sangue de Cristo, a Palavra da verdade e o Espírito Santo; do outro, as pessoas que perecem. Cada discípulo de Cristo tem uma parte a desempenhar nesse plano, a fim de induzir os homens a aceitarem as bênçãos que o Céu lhes provê. Façamos uma indagação minuciosa a ver se temos cumprido essa nossa parte. Examinemos os motivos e todos os atos de nossa vida. CI 260 2 Porventura não se nos deparam aí muitos quadros pouco recomendáveis? Muitas vezes recorremos ao perdão de Jesus, sentindo a necessidade de Sua simpatia e amor. Mas acaso não temos negligenciado revelar a outros esse mesmo espírito com que Jesus nos tratou? Tem você experimentado alguma preocupação por pessoas que trilhavam caminhos proibidos, buscando aconselhá-las com bondade? Tem você chorado e orado por elas e com elas, revelando-lhes por palavras e atos que as amava e desejava salvá-las? CI 260 3 Estando em contato com pessoas que sucumbiam ao peso de fraquezas e maus hábitos, porventura as abandonou a si próprias quando poderia ter-lhes prestado o indispensável auxílio? Porventura não passou de largo à vista dessas pessoas, ao passo que o mundo acudia, solícito, a manifestar-lhes simpatia e prendê-las nos laços de Satanás? Muitos estão prontos, como Caim, a justificar-se dizendo: "Sou eu guardador do meu irmão?" Gênesis 4:9. CI 260 4 Como reputará o Mestre essa sua obra e considerará essa sua indiferença para com os que se desviaram do caminho reto, quando tem cada vida por preciosa, visto a ter comprado com Seu sangue? Acaso não teme você que Ele o abandone, assim como abandonou a essas pessoas? Pode estar certo de que o Vigia fiel, colocado sobre a casa de Deus, registra toda negligência. [...] CI 260 5 Ainda não é tarde demais para reparar as negligências do passado. Cumpre haver um reavivamento do primeiro amor e do primeiro zelo. Busquem os que têm repelido, e por sua confissão atem as feridas que lhes causaram. Aproximem-se do grande Coração que arde em amor compassivo, deixando que as torrentes da compaixão divina se lhes infiltrem no coração e daí se derramem sobre seus semelhantes. Tomem por exemplo a terna simpatia e compaixão manifestadas na vida de Jesus, guiando-se por elas no trato com seus semelhantes e principalmente com seus irmãos em Cristo. CI 261 1 Muitos se tornaram fracos e desalentados no ardor da luta, aos quais palavras de simpatia e animação teriam ajudado a vencer. Guardem-se sempre de se tornarem frios, negligentes, apáticos, propensos a censurar. Não deixem passar desaproveitada a oportunidade de dizer palavras animadoras que inspirem esperança. Não é possível prever o alcance das palavras boas e amáveis que proferirmos, de qualquer esforço sincero feito para aliviar as cargas aos nossos semelhantes. Certo é, porém, que os que erram só podem ser encaminhados com um espírito de mansidão, bondade e terno amor. -- Testimonies for the Church 5:610-613. CI 261 2 Os métodos de Cristo -- Ao tratar com membros que cometem faltas, o povo de Deus deve seguir estritamente as instruções dadas pelo Salvador no décimo oitavo capítulo de Mateus. CI 261 3 Os seres humanos são propriedade de Cristo, resgatados por preço infinito, e estão-Lhe vinculados pelo amor que Ele e o Pai têm manifestado. Que cuidado devemos por isso exercer em nosso relacionamento! O homem não tem o direito de suspeitar mal de seu semelhante. Os membros da igreja não têm o direito de seguir seus próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que cometeram faltas. Não devem nem mesmo manifestar qualquer preconceito em relação a eles, porque assim fazendo implantam no espírito de outros o fermento do mal. Informações desfavoráveis a algum irmão ou irmã são transmitidas entre os irmãos de um para outro, e praticam-se erros e injustiças pelo único fato de que alguém não está disposto a obedecer às instruções do Senhor Jesus. CI 261 4 "Se teu irmão pecar contra ti", disse Cristo, "vai, e repreende-o entre ti e ele só". Mateus 18:15. Não se deve contar a outros o caso de um irmão. Confia-se o caso a uma pessoa, a outra e mais outra; e o mal continua crescendo até que toda a igreja vem a sofrer. O correto é resolver o caso "entre ti e ele só". Esse é o plano divino. "Não te apresses o litigar, para depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu próximo. Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo, e não descubras o segredo de outro". Provérbios 25:8, 9. Não devemos tolerar o pecado em nosso irmão; mas também não o exponhamos ao opróbrio, aumentando assim a dificuldade, de modo que a repreensão pareça vingança. Vamos corrigi-lo do modo proposto na Palavra de Deus. CI 261 5 Não permitamos que nosso ressentimento resulte em maldade. Não consintamos que a ferida supure, abrindo-se em termos envenenados, que venham a deixar nódoa no espírito dos que nos ouvem. Não admitamos que persistam em nosso espírito e no dele pensamentos de amargura. Vamos até nosso irmão para, com humildade e sinceridade, conversar com ele sobre o assunto. CI 261 6 Seja qual for a natureza da ofensa, ela não impede que se adote o mesmo plano divino para dirimir mal-entendidos e ofensas. Falar a sós e no espírito de Cristo com a pessoa que praticou a falta bastará, geralmente, para remover a dificuldade. Portanto, deve-se conversar com a pessoa que cometeu a falta e, com o coração cheio do amor e da simpatia de Cristo, buscar com ela a reconciliação. Arrazoar com ela com calma e mansidão. Não se exprimir em termos violentos. Falar-lhe em tom que apele para o bom senso, lembrando as palavras: "Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados". Tiago 5:20. CI 262 1 Levemos a nosso irmão o remédio que pode curar o mal-estar da desavença. Façamos todo o possível para levantá-lo. Por amor à paz e unidade da igreja, consideremos um privilégio, senão um dever, fazer isso. Se ele nos ouvir, teremos ganho um amigo. CI 262 2 Todo o Céu toma interesse na entrevista que se efetua entre o ofendido e o ofensor. Se este aceita a repreensão ministrada no amor de Cristo, reconhecendo sua falta e pedindo perdão a Deus e ao irmão, a luz celestial lhe inundará o espírito. A controvérsia estará terminada e restabelecida a confiança. O santo óleo do amor faz cessar a dor provocada pela injustiça. O Espírito de Deus torna a unir os corações e há nos céus música pelo restabelecimento da união. CI 262 3 Quando as pessoas desse modo unidas em comunhão cristã fazem orações a Deus, comprometendo-se a proceder retamente, amar a misericórdia e andar diante dEle em humildade, recebem grandes bênçãos e, se tiverem feito injustiças a outros, prosseguirão em sua obra de arrependimento, confissão e restituição, inteiramente dispostas a praticar mutuamente o bem. Esse é o cumprimento da lei de Cristo. CI 262 4 "Se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada". Mateus 18:16. Diante de irmãos espirituais, deve-se falar acerca da falta com o que estiver em erro. É possível que ceda ao apelo desses irmãos. Vendo que eles concordam no assunto, talvez se persuada. CI 262 5 "E, se não as escutar", que se deverá fazer então? Deverão alguns poucos, em reunião de comissão tomar a responsabilidade de excluir o irmão? "Se não as escutar", continua dizendo Jesus, "dize-o à igreja". Mateus 18:17. Deve a igreja decidir o caso de seus membros. CI 262 6 "Se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano". Mateus 18:17. Se não atender à igreja, se rejeitar os esforços feitos para reconquistá-lo, é a igreja que deve tomar a si a responsabilidade de excluí-lo de sua comunhão. Seu nome deve então ser riscado do livro. -- Testimonies for the Church 7:260-262. CI 262 7 Como tratar os que recusam o conselho da igreja -- Nenhum oficial de igreja deve aconselhar, nenhuma comissão recomendar e igreja alguma votar a eliminação dos livros do nome de alguém que haja cometido falta, sem que as instruções de Cristo a esse respeito sejam fielmente cumpridas. Se essas instruções forem observadas, a igreja será purificada diante de Deus. A injustiça tem que aparecer tal como é e ser removida, para que não prolifere. O bem-estar e a pureza da igreja devem ser salvaguardados para que possa estar sem mancha diante de Deus, revestida da justiça de Cristo. CI 263 1 Quando a pessoa que errou se arrepende e se submete à disciplina de Cristo, deve ter uma nova oportunidade. E mesmo que não se arrependa e venha a ser excluída da igreja, os servos de Deus têm o dever de com ela tentar esforços, buscando induzi-la ao arrependimento. Se se render à influência do Espírito de Deus, dando prova de arrependimento, confessando o pecado e a ele renunciando, por mais grave que seja, deve merecer o perdão e ser de novo recebida na igreja. Aos irmãos compete encaminhá-la pela vereda da justiça, tratá-la como desejariam ser tratados em seu lugar, olhando por si mesmos para que não sejam do mesmo modo tentados. CI 263 2 "Em verdade vos digo", prossegue Jesus, "que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu". Mateus 18:18. CI 263 3 Essas palavras de Cristo conservaram sua autoridade em todos os tempos. À igreja foi conferido o poder de agir em lugar de Cristo. É a agência de Deus para a conservação da ordem e disciplina entre Seu povo. A ela o Senhor delegou poderes para resolver todas as questões concernentes a sua prosperidade, pureza e ordem. Sobre ela impôs a responsabilidade de excluir de sua comunidade os que dela são indignos, os que por seu procedimento anticristão acarretam desonra para a causa da verdade. Tudo quanto a igreja fizer em conformidade com as instruções dadas na Palavra de Deus, será sancionado no Céu. CI 263 4 Surgem muitas vezes questões graves que têm que ser liqüidadas pela igreja. Os ministros de Deus, por Ele ordenados para guia de Seu povo, devem, depois de fazer sua parte, submeter todas as questões à igreja a fim de que possa haver unidade na decisão a tomar. CI 263 5 O Senhor exige muito cuidado da parte de Seus seguidores no trato recíproco. Sua missão é elevar, restaurar e curar. Todavia, cumpre não negligenciar a disciplina da igreja. Os membros devem considerar-se alunos de uma escola, cumprindo-lhes aprender a formar caráter digno de sua alta vocação. Na igreja, aqui, os filhos de Deus devem ser preparados para a grande reunião da igreja no Céu. Os que aqui levam vida de conformidade com a doutrina de Cristo, podem ter a certeza de uma vida eterna na família dos remidos. -- Testimonies for the Church 7:262-264. CI 263 6 A quem confessar? -- Todos os que se esforçam por desculpar ou esconder seus pecados, permitindo que permaneçam nos livros do Céu, sem serem confessados e perdoados, serão vencidos por Satanás. Quanto mais exaltada for a sua profissão, e mais honrada a posição que ocupam, mais ofensiva é a sua conduta à vista de Deus, e mais certa é a vitória de seu grande adversário. Os que se retardam no preparo para o dia de Deus, não o poderão obter no tempo de angústia, ou em qualquer ocasião subseqüente. O caso de todos estes é sem esperanças. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 620. CI 264 1 Não se exige de você que faça confissão aos que não sabem de seu pecado e seus erros. Não é seu dever publicar uma confissão que levará os incrédulos a triunfarem; mas àqueles a quem é devido, que não se aproveitarão de seu erro, confesse em harmonia com a Palavra de Deus, e permita que eles orem por você, e Deus aceitará o seu empenho, e o sarará. Por amor de sua alma, deixe-se vencer pelos rogos para fazer obra cabal para a eternidade. Ponha de lado seu orgulho, sua vaidade, e aja corretamente. Volte ao redil. O Pastor o aguarda. Arrependa-se, e faça as primeiras obras, e volte ao favor de Deus. -- Testimonies for the Church 2:296. CI 264 2 Cristo é vosso Redentor; Ele não tirará nenhuma vantagem da confissão de vossas humilhações. Se tiverdes pecado de caráter oculto, confessai-o a Cristo, único Mediador entre Deus e o homem. "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo". 1 João 2:1. Se tendes pecado retendo de Deus o que Lhe pertence em dízimos e ofertas, confessai a Deus e à igreja o vosso delito, e atendei a admoestação que Ele vos deu: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro". Malaquias 3:10. -- Conselhos Sobre Saúde, 373. CI 264 3 O povo de Deus precisa agir com sensatez. Não deveriam ficar satisfeitos até que cada pecado conhecido seja confessado; então é seu privilégio e dever crer que Jesus os aceita. Não devem esperar que outros dissipem as trevas e obtenham para eles a vitória. Essa satisfação dura apenas até o encerramento das reuniões. Mas Deus deve ser servido por princípio e não por sentimentos. De manhã e à noite, ganhem a vitória nas próprias famílias. Que nenhum trabalho diário os afastem disso. Tomem tempo para orar, e quando estiverem orando, creiam que Deus os ouve. Misturem suas orações com fé. Nem sempre vocês obterão resposta imediata, mas é aí que a fé deve prevalecer. -- Testimonies for the Church 1:167. CI 264 4 Somente Cristo pode julgar -- Cristo condescendeu em colocar-Se à frente da humanidade para sofrer tentações e suportar as provas que a humanidade tem que sofrer e suportar. Tinha de conhecer o que a humanidade tem que sofrer da parte do inimigo caído, a fim de saber como socorrer os que são tentados. CI 264 5 E Cristo foi feito nosso juiz. O Pai não é o juiz. Tampouco o são os anjos. Aquele que Se revestiu da humanidade e viveu neste mundo vida perfeita, será quem nos há de julgar. Só Ele pode ser nosso Juiz. Lembrar-nos-emos disso, irmãos? Lembrar-se-ão disso os pastores? E os pais e mães, se lembrarão? Cristo assumiu a humanidade para poder ser nosso Juiz. Nenhum de nós foi designado para julgar a outrem. Tudo o que podemos fazer é corrigir-nos. Exorto-lhes, em nome de Cristo, a obedecer à ordem que lhes dá, de nunca assumirem a atitude de juízes. Dia a dia me tem soado aos ouvidos esta mensagem: "É preciso descer do assento de juiz! Há que se ter mais humildade!" -- Testimonies for the Church 9:185, 186. CI 265 1 Deus não observa todos os pecados como sendo de igual magnitude. Há graus de culpabilidade a Seus olhos tanto quanto aos olhos do homem finito. Conquanto este ou aquele erro possa ser insignificante aos olhos do homem, não o é, porém, à vista de Deus. Nenhum pecado é pequeno à vista de Deus. Os pecados que o homem está disposto a considerar como pequenos podem ser precisamente aqueles que Deus considera como grandes crimes. O beberrão é desprezado e dele é dito que o seu pecado o excluirá do Céu, ao passo que o orgulho, o egoísmo e a cobiça seguem sem repreensão. Mas esses são pecados de modo especial ofensivos a Deus. Ele "resiste ao soberbo", e Paulo diz que a cobiça é idolatria. Aqueles que estão familiarizados com as denúncias contra a idolatria na Palavra de Deus, verão sem demora quão grave ofensa esse pecado é. -- Testimonies for the Church 5:337. ------------------------Capítulo 47 -- A observância do santo Sábado do Senhor CI 266 1 Grandes bênçãos estão incluídas na observância do sábado, e a vontade divina é que ele seja um dia de alegria para nós. Houve júbilo na instituição do sábado. Contemplando com satisfação as coisas que criara, Deus declarou "muito bom" tudo quanto fizera. Gênesis 1:31. O Céu e a Terra vibravam então de alegria. "As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. Embora o pecado tenha entrado no mundo e manchado a perfeita obra divina, o Senhor ainda nos dá o sábado como testemunho de que um Ser onipotente, infinito em misericórdia e bondade, criou todas as coisas. É intuito do Pai celestial preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Deus vivo e verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. CI 266 2 Ao livrar o Senhor, do Egito, o Seu povo Israel, e confiar-lhes Sua lei, ensinou-lhes que, pela observância do sábado, deveriam distinguir-se dos idólatras. Esse deveria ser o sinal da diferença entre os que reconheciam a soberania de Deus e os que recusavam aceitá-Lo como seu Criador e Rei. "Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre", disse o Senhor. "Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo". Êxodo 31:17, 16. CI 266 3 Assim como o sábado foi o sinal que distinguiu Israel quando saiu do Egito para entrar em Canaã, é também o sinal que deve distinguir o povo de Deus que sai do mundo para entrar no repouso celestial. O sábado é um sinal do relacionamento entre Deus e o Seu povo, sinal de que este honra a lei de Deus. É o que distingue entre os fiéis súditos de Deus e os transgressores. CI 266 4 Do meio da coluna de nuvem, Cristo declarou, acerca do sábado: "Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica". Êxodo 31:13. Dado ao mundo como o sinal do Criador, o sábado é também o sinal de Deus como nosso Santificador. O poder que criou todas as coisas é o que torna a restaurar a alma à Sua própria semelhança. Para os que guardam o sábado, esse dia é o sinal da santificação. A verdadeira santificação consiste na harmonia com Deus, na imitação de Seu caráter. Essa harmonia e semelhança são alcançadas pela obediência aos princípios que são a transcrição de Seu caráter. E o sábado é o sinal da obediência. Aquele que de coração obedecer ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei. Será santificado pela obediência. CI 267 1 A nós, como a Israel, o sábado é dado "em concerto perpétuo". Êxodo 31:16. Para os que reverenciam o Seu santo dia, o sábado é um sinal de que Deus os reconhece como Seu povo eleito, o penhor de que cumprirá Sua parte no concerto. Qualquer pessoa que aceitar esse sinal do governo de Deus, coloca-se a si mesma sob o concerto divino e perpétuo. Liga-se assim à áurea cadeia da obediência, cada elo da qual representa uma promessa. -- Testimonies for the Church 6:349, 350. CI 267 2 "Lembra-te do dia do sábado" -- O Senhor inicia o quarto mandamento com esta expressão: "Lembra-te." Previu Ele que, em meio de cuidados e perplexidades, o homem seria tentado a eximir-se da responsabilidade de satisfazer todos os reclamos da lei, ou esquecer-se de sua sagrada importância. Por isso, diz: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar". Êxodo 20:8. CI 267 3 Durante toda a semana nos cumpre ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observá-lo conforme o mandamento. Não devemos observá-lo simplesmente como uma questão de lei. Devemos compreender suas relações espirituais com todos os negócios da vida. Todos os que considerarem o sábado um sinal entre eles e Deus, revelando que Ele é o Deus que os santifica, hão de representar condignamente os princípios de Seu governo. Praticarão dia a dia os estatutos de Seu reino, orando continuamente a Deus para que a santificação do sábado sobre eles repouse. Cada dia terão a companhia de Cristo, e serão um exemplo da Sua perfeição de caráter. Dia a dia sua luz refulgirá para outros em boas obras. CI 267 4 Em tudo quanto se relaciona com a obra de Deus, as primeiras vitórias devem ser alcançadas na vida doméstica. Aí é que deve começar a preparação para o sábado. Durante toda a semana compete aos pais lembrar que seu lar precisa ser uma escola em que os filhos sejam preparados para o Céu. Sejam justas as suas palavras. Expressão alguma que aos filhos não convém ouvir, deverá proceder de seus lábios. Seja o espírito mantido livre de toda irritação. Durante a semana devem os pais proceder como em presença de Deus, que lhes deu os filhos para serem educados para Ele. A pequena igreja deve ser educada no lar de modo a, no sábado, estar preparada para render culto a Deus no Seu santuário. Todas as manhãs e tardes devemos apresentar a Deus os nossos filhos como Sua herança remida com sangue. Ensinemo-lhes que seu principal dever e privilégio é amar e servir a Deus. [...] CI 267 5 Quando o sábado é dessa forma lembrado, as coisas materiais não influirão sobre o exercício espiritual de modo a prejudicá-lo. Nenhum serviço relacionado com os seis dias de trabalho será deixado para o sábado. Durante a semana, teremos o cuidado de não gastar as energias com trabalho físico a ponto de, no dia em que o Senhor repousou e Se restaurou, estarmos fatigados demais para tomar parte no Seu culto. CI 268 1 Embora a preparação para o sábado deva prosseguir durante toda a semana, a sexta-feira é o dia por excelência da preparação. Por intermédio de Moisés, disse o Senhor a Israel: "Amanhã é o repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã". Êxodo 16:23. "Espalhava-se o povo, e o [maná] colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava; e em panelas o cozia, e dele fazia bolos". Números 11:8. Tinham, pois, alguma coisa que fazer a fim de preparar o pão que lhes era enviado do Céu, e o Senhor lhes ordenou que o fizessem na sexta-feira, o dia da preparação. [...] CI 268 2 Na sexta-feira, deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tenhamos o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovar os sapatos e tomar o banho. É possível deixar tudo preparado, caso se tome isso como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr-do-sol, coloquemos de parte todo trabalho secular, e façamos desaparecer os jornais profanos. Os pais devem explicar aos filhos esse procedimento e induzi-los a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento. CI 268 3 Devemos observar cuidadosamente os limites do sábado. É bom lembrar que cada minuto é tempo sagrado. Sempre que possível, os patrões deverão conceder aos empregados as horas que decorrem entre o meio-dia da sexta-feira e o começo do sábado. Dessa forma, terão tempo para a preparação, a fim de poderem saudar o dia do Senhor com sossego de espírito. Assim procedendo não sofrerão nenhum prejuízo, nem mesmo quanto às coisas materiais. CI 268 4 Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. Afaste-se do coração toda amargura, ira ou ressentimento. Com espírito humilde "confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis". Tiago 5:16. -- Testimonies for the Church 6:354-356. CI 268 5 Coisa alguma que possa, aos olhos do Céu, ser considerada transgressão do santo sábado, deve ser deixada por dizer ou fazer no sábado. Deus requer, não somente que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplinada de modo a pensar em temas santos. O quarto mandamento é transgredido mediante o conversar-se sobre coisas mundanas, ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer coisa ou sobre tudo que nos vem à mente, é falar nossas próprias palavras. Todo desvio do direito nos põe em servidão e condenação. -- Testimonies for the Church 2:703. CI 269 1 Culto ao pór-do-sol -- Há maior santidade no sábado do que lhe atribuem muitos que professam observá-lo. O Senhor tem sido grandemente desonrado por parte dos que não têm observado o sábado conforme o mandamento, quer na letra, quer no espírito. Ele sugere uma reforma da observância do sábado. [...] CI 269 2 Antes do pôr-do-sol, todos os membros da família devem reunir-se para estudar a Palavra de Deus, cantar e orar. A esse respeito estamos precisando de uma reforma, porque muitos há que se estão tornando descuidados. Temos que confessar as faltas a Deus e uns aos outros. Devemos tomar disposições especiais para que cada membro da família possa estar preparado para honrar o dia que Deus abençoou e santificou. [...] CI 269 3 No culto familiar, tomem parte também as crianças, cada qual com sua Bíblia, lendo dela um ou dois versículos. Cante-se então um hino preferido, seguido de oração. Desta, Cristo nos deixou um modelo. A oração do Senhor não foi destinada para ser simplesmente repetida como uma fórmula, mas é uma ilustração de como devem ser as nossas orações -- simples, fervorosas e amplas. Em singela petição, contemos ao Senhor as nossas necessidades exprimindo gratidão por Suas bênçãos. Desse modo, saudaremos a Jesus como hóspede bem-vindo em nosso lar e coração. Em família, convém evitar orações longas e sobre assuntos que não têm a ver com o interesse de todos. Essas orações enfadam, em vez de constituírem um privilégio e uma bênção. Que o momento da hora da oração seja deleitável e interessante. [...] CI 269 4 Ao pôr-do-sol [ao final do sábado], é hora de elevar a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana de atividades. -- Testimonies for the Church 6:353, 356-359. CI 269 5 Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna. Diz Deus: "Aos que Me honram, honrarei". 1 Samuel 2:30. -- Testimonies for the Church 6:356. CI 269 6 O momento mais sagrado para a família -- A Escola Sabatina e o culto de pregação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo deverão os pais passar com os filhos. Em muitas famílias, os filhos menores são abandonados a si próprios, a fim de se entreterem como melhor puderem. Abandonadas a si mesmas, as crianças em breve ficam inquietas e começam a brincar ou ocupar-se de coisas inadequadas. Desse modo, o sábado perde para elas sua importância sagrada. CI 269 7 Quando faz bom tempo, devem os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. Cada flor, arbusto e árvore correspondiam ao propósito divino. Tudo sobre que o homem pousava o olhar, o deleitava, sugerindo-lhe pensamentos do amor divino. Todos os sons eram harmônicos, e em consonância com a voz de Deus. Mostrem-lhes que foi o pecado que manchou essa obra perfeita; que os espinhos, cardos, aflição, dor e morte são o resultado da desobediência a Deus. Expliquem-lhes, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina. As campinas verdejantes, as árvores altaneiras, o alegre Sol, as nuvens, o orvalho, o silêncio solene da noite, a magnificência do céu estrelado, a beleza da Lua, dão testemunho do Criador. Não cai do Céu uma só gota de chuva, raio de luz nenhum incide sobre este mundo ingrato, sem testificar da longanimidade e do amor de Deus. CI 270 1 Falemo-lhes do plano da salvação; que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Vamos repetir para eles a doce história de Belém, mostrando-lhes como Jesus foi filho obediente aos pais, como foi jovem fiel e diligente, ajudando a prover o sustento da família. Desse modo lhes podemos dar a entender também que o Salvador conhece as provações, dificuldades e tentações, esperanças e alegrias da mocidade, estando por isso em condição de lhes dar simpatia e apoio. De quando em quando, devemos ler para eles as interessantes histórias contidas na Bíblia. Perguntar-lhes acerca do que aprenderam na Escola Sabatina, e estudar com eles a lição do sábado seguinte. -- Testimonies for the Church 6:358, 359. CI 270 2 No sábado deve haver uma solene dedicação da família a Deus. O mandamento compreende todos os que estão das nossas portas para dentro. -- En Lugares Celestiales, 151. Os que convivem na casa devem durante as horas sagradas pôr de parte suas ocupações mundanas. Todos devem unir-se a honrar a Deus por meio de um culto voluntário em Seu santo dia. -- Patriarcas e Profetas, 307, 308. CI 270 3 "Vinde, adoremos ao Senhor" -- Cristo disse: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles". Mateus 18:20. Sempre que houver dois ou três crentes na mesma localidade, deverão eles reunir-se no sábado para reclamar as promessas do Senhor. CI 270 4 O pequeno grupo reunido para adorar a Deus no seu santo dia, tem direito a reclamar as bênçãos de Jeová e pode estar certo de que o Senhor Jesus será honroso visitante em suas reuniões. Todo verdadeiro adorador de Deus, que santifica o sábado do Senhor, deverá reclamar para si a promessa: "Para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica". Êxodo 31:13. -- Testimonies for the Church 6:360, 361. CI 270 5 O sábado foi feito para o homem, para lhe ser uma bênção mediante o desviar-lhe a mente do trabalho secular para a contemplação da bondade e glória de Deus. É necessário que o povo de Deus se reúna para falar sobre Ele, para trocar pensamentos e idéias a respeito das verdades contidas em Sua Palavra, e dedicar uma parte do tempo à devida oração. Esses períodos, porém, mesmo no sábado, não devem ser tornados tediosos por sua extensão e falta de interesse. -- Testimonies for the Church 2:583. CI 271 1 Se a igreja estiver sem pastor, alguém deve ser designado para dirigir a reunião. Mas não é necessário que essa pessoa faça longo sermão e tome a maior parte do tempo destinado ao culto. Um resumido estudo bíblico, que seja interessante, será às vezes de maior proveito do que um sermão. O estudo bíblico poderá ser rematado com uma reunião de orações ou testemunhos. [...] CI 271 2 Cada qual deve sentir que tem uma parte para desempenhar, a fim de tornar interessantes as reuniões de sábado. Não devemos nos reunir simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar idéias, relatar nossa experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir nosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A comunhão em conjunto com Cristo fortalece a alma para os combates e provações da vida. Nem é possível imaginar ser cristão e viver concentrado em si mesmo. Todos representamos uma parte do grande conjunto que é a humanidade, e a experiência de cada um será até certo ponto determinada pela de seus companheiros. -- Testimonies for the Church 6:361, 362. CI 271 3 A Escola Sabatina -- O objetivo da Escola Sabatina deve ser a conquista de almas. A ordem do trabalho pode ser irrepreensível; as instalações, tudo quanto se possa desejar; mas se as crianças e jovens não forem levados a Cristo, a escola será um fracasso, pois, a menos que as pessoas sejam atraídas a Cristo, tornam-se mais e mais incapazes de serem influenciadas por uma religião formal. O professor deve cooperar ao bater à porta do coração dos que necessitam de auxílio. Se os alunos atendem à influência do Espírito e abrem a porta do coração para que Jesus possa entrar, Ele lhes abrirá o entendimento para compreenderem as coisas de Deus. É simples o trabalho do professor, mas se for feito no Espírito de Jesus, a operação do Espírito de Deus o tornará profundo e eficiente. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 61. CI 271 4 Pais, separai um período de tempo cada dia para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos. Deixai a visita de sociabilidade, se necessário for, de preferência a sacrificar a hora dedicada às lições de história sagrada. Tanto pais como filhos receberão benefício desse estudo. Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isso não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 137, 138. CI 271 5 Tende regularidade no estudo das Escrituras em família. Negligenciai qualquer coisa de natureza temporal; renunciai toda costura desnecessária e toda provisão dispensável à mesa, mas assegurai-vos de serdes alimentados com o pão da vida. É impossível avaliar os bons resultados de uma hora, ou mesmo de meia hora diária, dedicada à Palavra de Deus, de maneira alegre e social. Fazei da Bíblia seu próprio expositor, juntando tudo, relativamente a um determinado assunto, o que foi dito em tempos diferentes e sob variadas circunstâncias. Não seja vosso estudo doméstico interrompido por causa de visitantes. Se chegarem durante o estudo, convidai-os a tomar parte nele. Mostrai que considerais mais importante obter conhecimento da Palavra de Deus que assegurar lucros ou prazeres mundanos. [...] CI 272 1 Lamento dizer que em algumas escolas [sabatinas] prevalece o costume de ler a lição. Isso não deve ser assim. Não precisaria ser assim, se o tempo, que muitas vezes é empregado desnecessária e até pecaminosamente, fosse destinado ao estudo das Escrituras. Não há motivo de as lições da Escola Sabatina serem aprendidas, por professores e alunos, com menos perfeição do que as lições da escola diária. Devem ser melhor aprendidas, pois tratam de assuntos infinitamente mais importantes. Essa negligência é desagradável a Deus. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 42, 43, 117, 118. CI 272 2 Os que ensinam na Escola Sabatina devem ter o coração aquecido e fortalecido pela verdade de Deus, sendo não somente ouvintes, mas também cumpridores da Palavra. Devem alimentar-se de Cristo como os ramos se nutrem da videira. O orvalho da graça celestial deve cair sobre eles, para que seu coração seja como preciosas plantas, cujos botões se abram e desenvolvam, espalhando ao redor suave perfume, como flores no jardim de Deus. Os professores devem estudar diligentemente a Palavra de Deus, revelando sempre o fato de que estão diariamente aprendendo na escola de Cristo e são capazes de comunicar a outros a luz que receberam dAquele que é o grande Mestre, a Luz do mundo. [...] Ao escolher oficiais, de tempos em tempos, assegurai-vos de que não vos dominam preferências pessoais, mas colocai em cargos de confiança os que amam e temem a Deus e que dEle fazem seu Conselheiro. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 94, 165. CI 272 3 "É lícito fazer bem nos sábados" -- Tanto em casa como na igreja cumpre-nos manifestar espírito de adoração. Aquele que nos deu seis dias para nossas ocupações materiais, abençoou e santificou o sétimo dia e o separou para si. Nesse dia, Deus Se propõe abençoar de maneira especial todos os que se consagram a Seu serviço. CI 272 4 Todo o Céu celebra o sábado, mas não de maneira ociosa e negligente. Nesse dia todas as energias da alma devem estar despertas; pois não temos que nos encontrar com Deus e com Cristo, nosso Salvador? Podemos contemplá-Lo pela fé. Ele está desejoso de refrigerar e abençoar cada pessoa. -- Testimonies for the Church 6:361, 362. CI 272 5 Deus determinou que se cuidasse dos doentes e sofredores; o trabalho exigido para lhes proporcionar conforto é uma obra de misericórdia, e não é violação do sábado; mas todo o trabalho desnecessário deve ser evitado. Muitos descuidadamente deixam até o princípio do sábado pequenas coisas que poderiam ter sido feitas no dia de preparação. Isto não deve ser assim. O trabalho que é negligenciado até o início do sábado, deve ficar por fazer-se até que haja passado este dia. -- Patriarcas e Profetas, 296. CI 273 1 Embora deva a gente abster-se de cozinhar aos sábados, não é necessário ingerir a comida fria. Em dias frios, convém aquecer o alimento preparado no dia anterior. As refeições, posto que simples, devem ser apetitosas e atraentes. Trate-se de arranjar qualquer prato especial, que a família não costuma comer todos os dias. [...] CI 273 2 Se desejamos a bênção prometida aos obedientes, devemos observar mais estritamente o sábado. Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia, por terra ou mar. A esse respeito devemos dar às crianças e jovens bom exemplo. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado. CI 273 3 Quando obrigados a viajar no sábado, cumpre evitarmos a companhia dos que procuram atrair-nos a atenção para as coisas seculares. Devemos ter a mente concentrada em Deus e com Ele entreter comunhão. Sempre que se nos ofereça a oportunidade, falemos com outros acerca da verdade. Cumpre-nos em todo tempo estar dispostos a aliviar sofrimentos e ajudar os que sofrem necessidades. Nesses casos Deus requer de nós que façamos uso legítimo do conhecimento e sabedoria que nos deu. Não devemos, entretanto, falar acerca de negócios nem iniciar qualquer conversação mundana. Em todo tempo e em qualquer lugar Deus quer que Lhe testemunhemos nossa fidelidade, honrando Seu sábado. -- Testimonies for the Church 6:357, 359, 360. CI 273 4 Conseguindo o sábado livre na escola -- O sábado traça uma linha de separação entre nós e o mundo, [...] o sábado é uma prova; não é exigência humana, mas prova divina. É o que há de distinguir entre os que servem a Deus e os que O não servem; e em torno deste ponto girará o último e grande conflito entre a verdade e o erro. -- En Lugares Celestiales, 150. CI 273 5 Alguns de nosso povo têm enviado seus filhos à escola aos sábados. Eles não têm sido obrigados a fazer isso, mas a diretoria dessas escolas têm colocado dificuldades para receber as crianças a não ser que elas freqüentem todos os seis dias. Algumas dessas escolas não apenas ensinam as matérias comuns, mas também oferecem preparo profissional, e a essas também alguns filhos de observadores dos dez mandamentos têm freqüentado no sábado. Esses pais tentam justificar seu procedimento com as palavras de Cristo que é "lícito fazer o bem no sábado". Só que esse mesmo raciocínio poderia justificar o trabalho de outras pessoas no sábado, pelo fato de elas estarem ganhando o pão para alimentar seus filhos; e isso acaba com os limites do que pode e do que não pode fazer no sábado. [...] Nossos irmãos não devem esperar a aprovação de Deus quando colocam os filhos onde lhes é impossível obedecer ao quarto mandamento da lei de Deus. Esses pais precisam fazer algum tipo de arranjo com as autoridades para que seus filhos sejam dispensados de ir para escola no sétimo dia. Se isso falhar, seu dever ainda continua bem claro: é preciso obedecer aos mandamentos de Deus, custe o que custar. [...] CI 274 1 Há também quem clame que o Senhor não é tão específico em Suas exigências, que a guarda do sábado não deve se tornar motivo para tão grande prejuízo, nem devem entrar em conflito com as leis do lugar onde moram. A questão é que esse pode ser um tipo de teste: se estamos dispostos a honrar ou não a lei de Deus acima das exigências humanas. Isso é o que distingüe os que honram a Deus dos que O desonram. Nesse aspecto temos que provar nossa lealdade. A história do relacionamento de Deus com Seu povo, em todos os tempos, tem demonstrado que Ele espera completa obediência. [...] CI 274 2 Se os pais permitirem que seus filhos recebam educação do mundo e façam do sábado um dia comum, o selo de Deus não será colocado sobre eles. Eles serão destruídos juntamente com o mundo, e será que sua culpa não recairá sobre os pais? Se fielmente ensinarmos a nossos os mandamentos de Deus, se os conservarmos sob a autoridade dos pais, e com fé e oração os colocarmos diante de Deus, é claro que Deus irá corresponder a nossos esforços, de acordo com Suas promessas, e no dia em que a tribulação vier eles juntamente conosco serão protegidos por Deus. -- Testemunhos Seletos 2:181-184. CI 274 3 Um dia de descanso dos deveres comuns -- É a mais grosseira presunção aventurar-se o homem mortal a negociar com o Todo-poderoso, a fim de assegurar seus insignificantes interesses seculares. É tão cruel violação da lei servir-se ocasionalmente do sábado para negócios seculares, como seria rejeitá-lo completamente; pois isso é fazer dos mandamentos do Senhor uma questão de conveniência. "Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso" (Êxodo 20:5), vem-nos, forte, a voz do Sinai! Obediência parcial e interesse dividido não são aceitos por Aquele que declara que as iniqüidades dos pais serão visitadas nos filhos até à terceira e quarta geração dos que O aborrecem, e que Ele mostrará misericórdia em milhares, aos que O amam e guardam os Seus mandamentos. Não é coisa de pouca importância roubar um vizinho, e grande é o estigma sofrido por aquele que é encontrado culpado de semelhante ato; entretanto, o que não se rebaixaria a defraudar seu semelhante, não tem vergonha de roubar a seu Pai celestial o tempo que Ele abençoou e pôs de parte para um fim especial. -- Testimonies for the Church 4:249, 250. CI 275 1 Devemos vigiar nossas palavras e pensamentos. Aqueles que no sábado discutem assuntos de negócios ou fazem planos, são considerados por Deus como se estivessem empenhados na própria transação de negócio. Para santificar o sábado não devemos mesmo permitir que nosso espírito se ocupe com coisas de caráter mundano. -- Patriarcas e Profetas, 307. CI 275 2 Deus falou, e Ele espera que o homem obedeça. Não indaga Ele se lhe é conveniente proceder assim. O Senhor da vida e da glória não consultou Sua conveniência ou prazer quando deixou Sua alta posição para Se tornar um varão de dores e experimentado em trabalhos, aceitando a ignomínia e morte para livrar o homem do resultado da desobediência. Jesus morreu, não para salvar o homem em seus pecados, mas de seus pecados. Deve o homem abandonar o erro de seus caminhos, para seguir o exemplo de Cristo, tomando a Sua cruz e seguindo-O, negando a si mesmo e obedecendo a Deus custe o que custar. [...] CI 275 3 As circunstâncias não justificam a quem quer que seja para trabalhar no sábado por amor de ganho secular. Se Deus desculpasse um homem, poderia desculpar a todos. Por que não deveria o irmão L, que é pobre, trabalhar no sábado para ganhar o pão de cada dia, quando ele poderia, assim fazendo, estar em melhores condições de manter a família? Por que não deveriam outros irmãos, ou todos nós, guardar o sábado só quando fosse conveniente fazê-lo? Responde a voz do Sinai: "Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus". Êxodo 20:9, 10. [...] CI 275 4 Sua idade não o dispensa de obedecer aos mandamentos divinos. Abraão foi duramente provado em sua velhice. As palavras do Senhor se afiguravam terríveis e indesejadas àquele ancião combalido; todavia ele nunca pôs em dúvida sua justiça nem hesitou na obediência. Poderia ter alegado que era velho e débil, não podendo sacrificar o filho que era a alegria de sua vida. Poderia ter lembrado ao Senhor que aquela ordem estava em desarmonia com as promessas que lhe haviam sido dadas a respeito de seu filho. Mas a obediência de Abraão, prestava-a ele sem murmurar nem acusar. Era implícita sua confiança em Deus. -- Testimonies for the Church 4:250-253. CI 275 5 Os pastores devem colocar-se como reprovadores daqueles que deixam de lembrar-se do sábado para o santificar. Bondosa e solenemente, cumpre-lhes reprovar os que se empenham em conversação mundana no dia de sábado, professando ao mesmo tempo serem seus observadores. Devem estimular a consagração a Deus no Seu santo dia. CI 275 6 Ninguém se deve sentir na liberdade de gastar tempo santo inutilmente. Desagrada a Deus que os observadores do sábado durmam muito tempo no sábado. Eles desonram a seu Criador em assim fazer e por seu exemplo, dizem que os seis dias são demasiado preciosos para que os empreguem para descansar. Precisam ganhar dinheiro, mesmo que seja se privando do necessário sono, que recuperam dormindo durante as horas santas. Depois, desculpam-se, dizendo: "O sábado foi dado para dia de descanso. Não me privarei do repouso para ir à reunião; pois preciso descansar." Essas pessoas fazem uso errado do dia santificado. Naquele dia especialmente, devem elas interessar sua família na observância do mesmo, e congregar-se na casa de oração com os poucos ou os muitos que ali houver. Devem dedicar o tempo e as energias a cultos religiosos, para que a divina influência os possa acompanhar durante a semana. De todos os dias semanais, nenhum é tão favorável aos pensamentos e sentimentos religiosos como o sábado. -- Testimonies for the Church 2:704. CI 276 1 Houvesse sido o sábado sempre observado de maneira sagrada, e nunca poderia ter havido um ateu ou idólatra. A instituição do sábado, que se originou no Éden, é tão antiga como o próprio mundo. Foi observado por todos os patriarcas, desde a criação. Durante o cativeiro no Egito, os israelitas foram obrigados por seus maiorais de tarefas a violar o sábado; e em grande parte perderam o conhecimento de sua santidade. Quando a lei foi proclamada no Sinai, as primeiras palavras do quarto mandamento foram: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar" (Êxodo 20:8), mostrando que o sábado não foi instituído então; aponta-se-nos a sua origem na criação. A fim de obliterar a lembrança de Deus da mente dos homens, visava Satanás destruir este grande memorial. Se pudessem os homens ser levados a esquecer seu Criador, não fariam esforços para resistir ao poder do mal, e Satanás estaria certo de sua presa. -- Patriarcas e Profetas, 336. CI 276 2 As bênçãos da observância do sábado -- Foi-me apresentado todo o Céu como a contemplar e observar no decorrer do sábado aqueles que reconhecem as reivindicações do quarto mandamento, e estão observando o sábado. Os anjos estavam anotando o interesse deles e o elevado respeito que nutrem por essa divina instituição. Aqueles que santificavam o Senhor Deus no próprio coração mediante uma estrutura estritamente religiosa da mente, e que buscavam aproveitar as horas santas em observar o sábado da melhor maneira que lhes era possível, e honravam a Deus ao chamar o sábado deleitoso -- a esses, beneficiavam especialmente os anjos com luz e saúde, e era-lhes comunicada força especial. -- Testimonies for the Church 2:704, 705. CI 276 3 Estrita conformação com os reclamos do Céu traz bênçãos tanto temporais como espirituais. -- Profetas e Reis, 546. CI 276 4 "Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algum mal." "Aos filhos dos estrangeiros que se chegarem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos Seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o Meu concerto, também os levarei ao Meu santo monte, e os festejarei na Minha casa de oração". Isaías 56:2, 6, 7. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 451. CI 277 1 Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. "Desde um sábado até ao outro", os habitantes da glorificada nova Terra irão "adorar perante Mim, diz o Senhor". Isaías 66:23. -- O Desejado de Todas as Nações, 283. ------------------------Capítulo 48 -- Conselhos sobre mordomia CI 278 1 O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O abnegado amor de Cristo é revelado na cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, deu Ele tudo quanto possuía, e em seguida deu a Si mesmo. A cruz de Cristo apela para a beneficência de todo seguidor do bendito Salvador. O princípio ali ilustrado é dar, dar. Isso, levado a efeito em real beneficência e boas obras, é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos é adquirir, adquirir, e assim esperam conseguir felicidade; mas, levado a efeito em todos os seus aspectos, o fruto é miséria e morte. CI 278 2 A luz do evangelho que brilha da cruz de Cristo reprova o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não deveria ser fato de ser lamentado o haver cada vez mais pedidos para dar. Deus, em Sua providência, está chamando Seu povo para fora de sua limitada esfera de ação, a fim de que se dedique a maiores empreendimentos. Esforço ilimitado é o que se requer neste tempo em que trevas morais cobrem o mundo. Muitos do povo de Deus estão em perigo de ser enredados pelo mundanismo e pela cobiça. Deveriam compreender que a Sua misericórdia é que multiplica os pedidos de meios. Têm que ser-lhes apresentados objetivos que estimulem a beneficência, ou do contrário não poderão imitar o caráter do grande Exemplo. CI 278 3 Dando aos discípulos a comissão de ir "por todo o mundo" e pregar "o evangelho a toda a criatura" (Marcos 16:15), Cristo designou aos homens a obra de disseminar o conhecimento de Sua graça. Porém, enquanto alguns saem a pregar, Ele roga a outros que atendam a Seus pedidos de ofertas, para manter Sua causa na Terra. Pôs Ele meios nas mãos dos homens, para que Seus dons divinos possam fluir através de canais humanos, fazendo nós a obra que nos foi designada, de salvar nossos semelhantes. Esta é uma das maneiras em que Deus exalta o homem. É justamente a obra de que o homem precisa; pois lhe despertará no coração as mais profundas simpatias, e porá em atividade as mais elevadas faculdades da mente. -- Testimonies for the Church 9:254, 255. CI 278 4 Devidamente orientada, a beneficência exercita as energias mentais e morais do homem, estimulando-as a uma ação muito sadia no beneficiar os necessitados e promover a causa de Deus. -- Testimonies for the Church 3:401. CI 279 1 Cada oportunidade de ajudar a um irmão necessitado, ou de auxiliar a causa de Deus na disseminação da verdade, é uma pérola que você pode de antemão enviar e pôr em depósito no banco celeste, para guardá-la em segurança. -- Testimonies for the Church 3:249. CI 279 2 "De todo homem cujo coração o mover" -- A única maneira que Deus ordenou para fazer avançar Sua causa é abençoar os homens com propriedades. Dá-lhes Sua luz do Sol e a chuva; faz a vegetação crescer; dá saúde e habilidade para adquirir recursos. Todas as nossas bênçãos provêm de Suas generosas mãos. Por sua vez, deseja que os homens e mulheres mostrem sua gratidão devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas -- em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. -- Testimonies for the Church 5:150. CI 279 3 A liberalidade dos judeus na construção do tabernáculo e na construção do templo, mostra um espírito de beneficência não igualado pelos cristãos de qualquer época posterior. Eles acabavam de ser libertados de sua longa servidão no Egito, e andavam errantes no deserto; todavia, mal foram livrados dos exércitos egípcios que os perseguiam em sua precipitada viagem, veio a Moisés a palavra do Senhor, dizendo: "Fala aos filhos de Israel que Me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta alçada". Êxodo 25:2. CI 279 4 Seu povo possuía poucos bens, e não eram lisonjeiras as perspectivas de aumentá-los; tinham, porém, um objetivo diante de si construir um tabernáculo para Deus. O Senhor falara, e deviam obedecer-Lhe à voz. Não retiveram nada. Todos deram com espírito voluntário, não determinada porção de suas posses, mas grande quantidade do que tinham. Devotaram-no voluntária e alegremente ao Senhor, e foram-Lhe agradáveis assim fazendo. Não Lhe pertencia tudo? Não lhes havia Ele dado tudo quanto tinham? Se Ele o pedia, não era seu dever devolver-Lhe o que era Seu? CI 279 5 Não foi preciso insistência. O povo levou ainda mais do que foi solicitado, sendo-lhes dito que parassem, pois já havia mais do que podiam empregar. Outra vez, ao construírem o templo, o pedido de recursos encontrou corações voluntários em corresponder. Não deram com relutância. Regozijavam-se na perspectiva da construção de um edifício para adoração a Deus, e deram mais do que o necessário para esse desígnio. [...] CI 279 6 Podem os cristãos, que se gabam de ter mais luz que os hebreus, dar menos do que eles? Podem os cristãos que vivem próximo ao fim do tempo ficar satisfeitos com suas ofertas, quando não são a metade do que eram as dos judeus? -- Testimonies for the Church 4:77-79. CI 279 7 O Senhor fez a difusão da luz e verdade na Terra dependente dos esforços voluntários e das ofertas dos que são participantes dos dons celestiais. Relativamente poucos são chamados a viajarem como pastores ou missionários, mas multidões devem cooperar em disseminar a verdade através de seus recursos. [...] CI 280 1 Bem, dirá alguém, continuam a vir os pedidos para dar à causa. Estou cansado de dar. Estarão mesmo cansados? Então, permitam que lhes pergunte: Vocês estão cansados de receber das beneficentes mãos de Deus? Só se Ele deixasse de os abençoar, deixariam de estar sob obrigação de restituir-Lhe a porção que reivindica. Ele os abençoa para que esteja em seu poder abençoar os outros. Quando estiverem cansados de receber, então poderão dizer: Estou cansado de tantos pedidos para dar. Deus reserva para Si uma parte de tudo que recebemos. Quando essa Lhe é restituída, a parte restante é abençoada; mas se for retida, tudo se tornará, mais dia menos dia, uma maldição. A reivindicação divina deve vir primeiro; tudo o mais é secundário. -- Testimonies for the Church 5:148, 150. CI 280 2 Dar o dízimo é uma ordem de Deus -- Ofertas voluntárias e o dízimo constituem a receita do evangelho. Dos meios confiados ao homem, Deus reivindica determinada porção -- o dízimo. -- Testimonies for the Church 5:149. CI 280 3 Devemos ponderar que as reivindicações de Deus a nosso respeito são mais importantes do que todas as demais. Ele nos dá com abundância, e o ajuste que fez com o homem é que a décima parte de todas as propriedades Lhe seja restituída. O Senhor confia liberalmente Seu tesouro a Seus mordomos, mas quanto ao dízimo, diz: "Este Me pertence." Na mesma proporção em que Deus dá ao homem Seus bens, este deve restituir a Deus fielmente a décima parte de todos os seus proventos. Essa instituição foi estabelecida pelo próprio Cristo. -- Testimonies for the Church 6:384. CI 280 4 A verdade para este tempo deve ser levada aos tenebrosos recantos da Terra, e esta obra pode começar em casa. Os seguidores de Cristo não devem viver egoistamente; antes, imbuídos do Espírito de Cristo, trabalhar em harmonia com Ele. [...] CI 280 5 A grande obra que Jesus anunciou que viera fazer foi confiada a Seus seguidores na Terra. [...] Ele deu a Seu povo um plano para levantamento de fundos suficientes para empreendimento de manutenção própria. O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e eqüidade. Todos podem dele lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade, e não exige profundidade de saber para compreendê-lo e executá-lo. Todos podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem podem tornar-se tesoureiros do Senhor, e agentes em atender às exigências sobre o tesouro. Diz o apóstolo: "Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade". 1 Coríntios 16:2. CI 280 6 Grandes objetivos se conseguem com este sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de recursos com que levar avante a grande obra de anunciar a última mensagem de advertência ao mundo. O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. A cada depósito feito, tornar-se-ão mais ligados à causa da verdade presente. Eles estarão entesourando "para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:19. CI 281 1 À medida que os obreiros perseverantes, sistemáticos, virem que a tendência de seus beneficentes esforços é nutrir o amor para com Deus e seus semelhantes, e que seus esforços pessoais estão a estender-lhes a esfera de utilidade, compreenderão que é grande bênção ser cooperadores de Cristo. A igreja cristã, de modo geral, está se negando às reivindicações de Deus quanto a darem ofertas do que possuem para sustentar a luta contra as trevas morais que vão inundando o mundo. A obra de Deus nunca poderá progredir como deve enquanto os seguidores de Cristo não se tornarem obreiros ativos e zelosos. -- Testimonies for the Church 3:381, 388, 389. CI 281 2 O privilégio de atuar em parceria com Deus -- Deus não depende dos homens para a manutenção de Sua causa. Poderia haver mandado recursos diretamente do Céu para suprir Seu tesouro, caso assim houvesse Sua providência achado melhor para o homem. Poderia ter idealizado meios pelos quais houvessem sido enviados anjos para anunciar a verdade ao mundo sem o agente humano. Poderia haver escrito a verdade nos céus, e deixar que isso declarasse ao mundo os mandamentos em caracteres vivos. Deus não depende da prata ou ouro de homem algum. Diz Ele: "Meu é todo o animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas." "Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude". Salmos 50:10, 12. Seja qual for a necessidade de nossa participação no progresso da causa de Deus, isso foi propositadamente arranjado por Ele para nosso bem. Honrou-nos tornando-nos coobreiros Seus. Determinou que houvesse necessidade da cooperação dos homens, para que sua liberalidade seja mantida em exercício. [...] CI 281 3 A lei moral ordenava a observância do sábado, que não era um fardo senão quando aquela lei era transgredida e eles incorriam nas penas trazidas pela transgressão. O sistema do dízimo não era uma carga para os que não se apartavam desse plano. O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e expandido, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era cristã. [...] CI 281 4 O evangelho, estendendo-se e ampliando-se, exigia maiores providências para manter a luta depois da morte de Cristo, o que tornou a lei de dar ofertas necessidade mais urgente do que sob o governo hebraico. Agora Deus requer não menores, mas maiores, dádivas do que em qualquer outro período da história do mundo. O princípio estabelecido por Cristo é que as dádivas e ofertas sejam proporcionais à luz e às bênçãos fruídas. Ele disse: "A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá". Lucas 12:48. -- Testimonies for the Church 3:390-392. CI 282 1 Uma torrente de luz resplandece da Palavra de Deus, e devemos reconhecer as oportunidades negligenciadas. Quando todos formos fiéis na devolução a Deus dos Seus dízimos e ofertas, o caminho se abrirá para que o mundo ouça a mensagem para este tempo. Se o coração do povo de Deus estiver cheio de amor a Cristo; se cada membro da igreja estiver cabalmente imbuído do espírito de abnegação; se todos manifestarem fervor intenso, não faltarão recursos para as missões. Nossos recursos serão multiplicados; mil portas de utilidade se abrirão, e seremos convidados a por elas entrar. Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. -- Testimonies for the Church 6:449, 450. CI 282 2 Deus pede a décima parte -- O sistema do dízimo remonta a um tempo além dos dias de Moisés. Requeria-se que os homens oferecessem dádivas a Deus com intuitos religiosos antes mesmo que um sistema definido fosse dado a Moisés -- já desde os dias de Adão. Cumprindo o que Deus deles requeria, deviam manifestar em ofertas a apreciação das misericórdias e bênçãos a eles concedidas. Isto continuou através de sucessivas gerações, e foi observado por Abraão, que deu dízimos a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. O mesmo princípio existia nos dias de Jó. Jacó, quando errante e exilado, destituído de bens, deitou-se à noite em Betel, solitário e tendo por travesseiro uma pedra, e prometeu ao Senhor: "De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo". Gênesis 28:22. Deus não obriga os homens a dar. Tudo quanto derem deve ser voluntário. Não quer ter o Seu tesouro cheio de ofertas dadas de má vontade. [...] CI 282 3 Quanto à importância exigida, Deus especificou um décimo da renda. Isto fica com a consciência e boa vontade dos homens, cujo discernimento nesse sistema de dízimo deve ser livre. Embora isto dependa da consciência, foi estabelecido um plano bastante definido para todos. Não deve haver compulsão. CI 282 4 Na dispensação mosaica, Deus chamou homens que dessem a décima parte de toda a sua renda. Ele lhes confiou em depósito as coisas desta vida, talentos a serem desenvolvidos e devolvidos a Ele. Exigia um décimo, e isto Ele requer como o mínimo que os seres humanos Lhe devem devolver. Diz: Dou-lhes nove décimos, ao passo que exijo um décimo; este é Meu. Quando os homens o retêm, estão roubando a Deus. As ofertas pelo pecado, as ofertas pacíficas e as de gratidão também eram requeridas além do dízimo das rendas. CI 282 5 Tudo quanto é retido daquilo que Deus requer, a décima parte do rendimento, é registrado como roubo nos livros do Céu contra os que o retêm. Essas pessoas defraudam seu Criador; e ao ser-lhes apontado esse pecado de negligência, não basta que mudem de rumo e comecem a seguir daí em diante o reto princípio. Isto não alterará os algarismos registrados no Céu pela sonegação dos bens que lhes foram confiados para serem devolvidos Àquele que os emprestou. Exige-se arrependimento pelo trato infiel e a ingratidão para com Deus. [...] CI 283 1 Sempre que o povo de Deus, em qualquer período do mundo, seguiu voluntária e alegremente o plano dEle quanto à doação sistemática e às dádivas e ofertas, verificaram Sua permanente promessa de que todos os seus trabalhos seriam seguidos de prosperidade proporcional à obediência que dispensavam ao que deles requeria. Quando reconheciam os direitos de Deus e Lhe satisfaziam às reivindicações, honrando-O com seus recursos, seus celeiros enchiam-se com abundância. Mas, quando roubavam a Deus em dízimos e ofertas, era-lhes feito compreender que não O estavam roubando a Ele simplesmente, mas a si mesmos; pois Ele lhes limitava as bênçãos exatamente em proporção ao que eles limitavam as ofertas que Lhe faziam. -- Testimonies for the Church 3:393-395. CI 283 2 O homem que fracassou nos negócios e está endividado, não deve servir-se da parte que pertence ao Senhor, a fim de liquidar seus compromissos. Deve considerar que nisso é provado e que, retendo a parte do Senhor para fins próprios, está roubando a Deus. É devedor a Deus de tudo quanto tem, mas se emprega para saldar dívidas contraídas com seus semelhantes, os fundos reservados do Senhor, torna-se um duplo devedor diante dEle. "Infidelidade para com Deus", é o que se acha escrito junto ao seu nome nos livros do Céu. Por se haver apropriado dos recursos do Senhor para seu próprio interesse, tem lá uma conta para saldar com Deus. E a falta de princípios que mostrou ao apropriar-se indebitamente dos recursos do Senhor, há de revelar-se também noutros negócios que empreender. Mostrar-se-á em todos os assuntos relacionados com seus próprios negócios. O homem que rouba a Deus cultiva traços de caráter que o hão de excluir de ser admitido na família celestial. -- Testimonies for the Church 6:391. CI 283 3 Deus avalia as dádivas pelo amor que inspira o sacrifício -- Nas balanças do santuário, as dádivas dos pobres, impulsionadas pelo amor a Cristo, não são avaliadas segundo a importância doada, mas de acordo com o amor que inspira o sacrifício. As promessas de Jesus serão comprovadas pelo pobre liberal, que pouco tem para dar mas oferece esse pouco de boa vontade, tão certamente como o serão pelo rico que dá de sua abundância. O pobre faz de seu pouco um sacrifício que lhe custa realmente. Renuncia a algumas coisas de que na verdade necessita para o próprio conforto, ao passo que o abastado oferece de sua abundância, e não sente falta; não renuncia a nada de que realmente necessite. Há, portanto, na oferta do pobre uma santidade que não se encontra na do rico; pois este dá de sua fartura. A providência de Deus delineou todo o plano da doação sistemática para benefício do ser humano. Sua providência não cessa nunca. Caso os servos de Deus sigam as oportunidades de Sua providência, serão todos obreiros ativos. [...] CI 284 1 As ofertas das crianças podem ser aceitáveis e aprazíveis a Deus. Segundo o espírito que anima as dádivas, será o valor das mesmas. Os pobres, seguindo a orientação do apóstolo e pondo de parte semanalmente uma pequena soma, ajudam a encher o tesouro, e suas ofertas são inteiramente aceitáveis a Deus; pois eles fazem tão grandes sacrifícios e até maiores que seus irmãos mais ricos. O plano da doação sistemática demonstrar-se-á uma salvaguarda para toda família contra a tentação de gastar dinheiro em coisas desnecessárias; e demonstrar-se-á uma bênção especialmente aos ricos, preservando-os de condescender com extravagâncias. -- Testimonies for the Church 3:398, 399, 412. CI 284 2 A recompensa da sincera liberalidade é a mais íntima comunhão do espírito e do coração com o Espírito Santo. -- Testimonies for the Church 6:390. CI 284 3 Paulo estabelece uma regra para dar à causa de Deus, e diz-nos quais serão os resultados, tanto em relação a nós mesmos como a Deus. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará." "E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra. [...] Ora, Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus". 2 Coríntios 9:7, 6, 8, 10, 11. -- Testimonies for the Church 5:735. CI 284 4 A motivação adequada -- Enquanto tiverem mente sã e bom juízo, devem os pais, com piedosa consideração e o auxílio dos devidos conselheiros que tenham experiência na verdade e conhecimento da vontade divina, dispor de suas propriedades. CI 284 5 Se tiverem filhos que estejam sendo afligidos ou lutando com a pobreza, e que farão cuidadoso uso dos recursos, devem eles ser tomados em consideração. Mas, se têm filhos descrentes que têm abundância dos bens deste mundo e que estejam servindo ao mundo, cometem um pecado contra o Mestre que os tornou Seus mordomos ao colocarem bens nas mãos deles meramente por serem seus filhos. Os reclamos de Deus não devem ser considerados levianamente. CI 284 6 E deve-se compreender claramente que o fato de os pais já terem feito seu testamento não os impede de dar recursos à causa de Deus enquanto vivem. E isso é o que devem fazer. Devem ter, aqui, a satisfação, e, na vida futura, a recompensa de disporem dos recursos excedentes enquanto viverem. Devem fazer sua parte no avanço da causa de Deus. Devem usar os bens que lhes foram emprestados pelo Mestre para levar avante a obra que deve ser feita em Sua vinha. [...] CI 285 1 Os que retém do tesouro de Deus, e acumulam os recursos para seus filhos, põem em risco o interesse espiritual dos mesmos. Colocam suas propriedades, que são pedra de tropeço para eles, no caminho dos filhos, de modo a que nela tropecem para perdição. Muitos estão cometendo grande erro com relação às coisas desta vida. Economizam, privando a si e aos outros do bem que poderiam desfrutar do devido uso dos recursos que Deus lhes emprestou, e tornam-se egoístas e avarentos. Negligenciam os interesses espirituais, e tornam-se anões no desenvolvimento religioso, tudo por amor de acumular riqueza que não podem usar. Deixam aos filhos esses bens e, nove vezes em dez, isso se torna ainda maior maldição aos herdeiros do que foi a eles próprios. Os filhos, confiados na propriedade dos pais, deixam freqüentemente de ser bem-sucedidos na vida presente, fracassando por completo no que respeita à vindoura. CI 285 2 O melhor legado que os pais podem deixar aos filhos é o conhecimento do trabalho útil e o exemplo de uma vida caracterizada pela desinteressada beneficência. Por uma vida assim, mostram eles o verdadeiro valor do dinheiro, que só deve ser apreciado pelo bem que pode realizar no suprir as próprias necessidades e as dos outros, e no promover o progresso da causa de Deus. -- Testimonies for the Church 3:121, 399. CI 285 3 Não coloque o coração nas suas riquezas -- O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção ao povo judeu, do contrário o Senhor não lho haveria dado. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. [...] CI 285 4 As igrejas mais sistemáticas e liberais em sustentar a causa de Deus são espiritualmente as mais prósperas. A verdadeira liberalidade no seguidor de Cristo identifica-lhe os interesses com os de seu Mestre. -- Testimonies for the Church 3:404, 405. Caso os que têm recursos compreendessem que são responsáveis diante de Deus por todo dinheiro que gastam, suas supostas necessidades seriam muito menos. Se a consciência estivesse viva, testificaria de desnecessárias apropriações para satisfação do apetite, do orgulho, da vaidade e do amor dos entretenimentos, e mostraria o desperdício do dinheiro do Senhor, que devia ter sido dedicado à Sua causa. Os que desperdiçam os bens do Senhor hão de afinal dar contas de seu procedimento ao Mestre. CI 285 5 Se os professos cristãos empregassem menos de seus bens em adornar o corpo e em embelezar a própria morada e gastassem menos em luxos extravagantes e destruidores da saúde em sua mesa, muito maiores seriam as somas que poderiam colocar no tesouro de Deus. Imitariam assim a seu Redentor, que deixou o Céu, Suas riquezas, Sua glória, e por amor de nós tornou-Se pobre, a fim de podermos possuir as riquezas eternas. [...] CI 285 6 Muitos, porém, ao começarem a ajuntar riquezas terrenas, põem-se a calcular quando estarão de posse de determinada quantia. Na ansiedade de acumular fortunas para si, deixam de enriquecer-se para com Deus. A Sua beneficência não se mantém a par com o que acumulam. À medida que lhes cresce a paixão pelas riquezas, as afeições se vão após o seu tesouro. O aumento dos bens lhes robustece o ansioso desejo de mais, até que alguns consideram exigente e injusta a contribuição de um décimo para o Senhor. CI 286 1 Diz a Inspiração: "Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração". Salmos 62:10. Muitos têm dito: "Se eu fosse tão rico como Fulano, multiplicaria minhas ofertas ao tesouro de Deus. Não faria com minha riqueza senão promover a causa do Senhor." Deus tem provado alguns destes dando-lhes riquezas; com elas, porém, a tentação se tornou mais forte, e a beneficência tornou-se-lhes incomparavelmente menor que nos dias de sua pobreza. A mente e o coração foram tomados do empolgante desejo de possuir maiores fortunas, e fizeram-se idólatras. -- Testimonies for the Church 3:401, 403. CI 286 2 Um voto a Deus é sagrado -- Cada um tem de decidir suas próprias contribuições, sendo deixado na liberdade de dar segundo se propôs em seu coração. Existem, porém, pessoas culpadas do mesmo pecado de Ananias e Safira, pensando que, se eles retêm uma parte daquilo que Deus lhes requer no sistema do dízimo, os irmãos nunca o saberão. Isso pensou o culpado casal cujo exemplo nos é dado como advertência. Nesse caso, Deus prova que Ele sonda o coração. Os motivos e desígnios do homem não se Lhe podem encobrir. Ele deixou perpétua advertência aos cristãos de todas as épocas a fim de estarem alerta contra o pecado a que o coração humano está sempre inclinado. [...] CI 286 3 Quando um compromisso verbal ou escrito foi tomado em presença de nossos irmãos, de dar determinada importância, eles são as testemunhas visíveis de um contrato feito entre nós e Deus. A promessa não foi feita ao homem, mas a Deus, e é como uma nota escrita dada a um semelhante. Nenhuma promissória legal é mais obrigatória para um cristão quanto ao pagamento do dinheiro, do que uma promessa feita ao Senhor. CI 286 4 As pessoas que assim se comprometem com seus semelhantes, geralmente não pensam em pedir liberação dos compromissos. Um voto feito a Deus, doador de todas as dádivas, é ainda de maior importância; então, por que havemos nós de buscar ser dispensados de nossos votos a Deus? Considerará o homem seu voto menos obrigatório pelo fato de ser feito ao Senhor? Por que esse voto não será levado a juízo nos tribunais de justiça, é ele menos válido? Há de um homem que professa estar salvo pelo sangue do infinito sacrifício de Jesus Cristo "roubar a Deus"? Não são seus votos e suas ações pesados nas balanças da justiça nas cortes celestiais? [...] CI 286 5 A igreja é responsável pelos compromissos de seus membros individuais. Uma vez que vejam que um irmão está negligenciando cumprir seus votos, devem trabalhar bondosa e claramente com ele. Caso o irmão não esteja em condições de pagar seu voto, e seja um membro digno e de coração voluntário, ajude-o então a igreja compassivamente. Assim poderão transpor a dificuldade, e receber eles próprios uma bênção. -- Testimonies for the Church 4:469, 470, 476. CI 287 1 Ofertas de gratidão separadas para os pobres -- Em cada igreja deveria ser estabelecido um tesouro para os pobres. Então cada membro apresente a Deus uma oferta de gratidão uma vez por semana ou uma vez por mês, conforme for mais conveniente. Essa oferta exprimirá nossa gratidão pelas dádivas da saúde, do alimento e do vestuário. E segundo Deus nos tenha abençoado com esses confortos, poremos de parte para os pobres, sofredores e aflitos. Desejo chamar a atenção de nossos irmãos especialmente para este ponto. Lembrem-se dos pobres. Renunciem a alguns dos supérfluos, sim, os próprios confortos, e ajudem àqueles que apenas conseguem o mais escasso alimento e vestuário. Fazendo isso por eles, vocês o estão fazendo por Jesus na pessoa de Seus santos. Ele identifica-Se com a humanidade sofredora. Não esperem até que estejam satisfeitas todas as suas necessidades imaginárias. Não confiem em seus sentimentos, dando quando estão inclinados a fazê-lo, e retendo quando não têm desejo. Dêem regularmente, [...] como desejariam ver escrito no registro celestial no dia de Deus. -- Testimonies for the Church 5:150, 151. CI 287 2 Nossa propriedade e o sustento da obra de Deus -- Aos que amam sinceramente a Deus e possuem meios, sou mandada dizer: Agora é o tempo para investir seus meios no sustento da obra do Senhor. Agora é o tempo de apoiar as mãos dos pastores em seus esforços abnegados para salvar os que estão perecendo no pecado. Ao encontrarem, nas cortes celestiais, as pessoas que ajudaram a salvar, então se sentirão gloriosamente recompensados. CI 287 3 Ninguém retenha suas moedinhas, e os que muito possuem, devem se regozijar por poder acumular no Céu um tesouro que jamais acabará. O dinheiro que recusarmos empregar na obra do Senhor, há de perecer. Sobre ele nenhum juro se acumulará no banco do Céu. [...] CI 287 4 O Senhor convida hoje os adventistas do sétimo dia de todas as partes para a Ele se consagrarem, e realizarem, segundo sua capacidade, o máximo que lhes for possível para auxiliar Sua obra. Por sua liberalidade ao fazer donativos e ofertas, deseja Ele que revelem apreço por Suas bênçãos e gratidão por Sua misericórdia. -- Testimonies for the Church 9:131, 132. CI 287 5 O Senhor tem-me mostrado repetidamente que é contrário à Bíblia fazer qualquer provisão para o tempo de angústia. Vi que se os santos tivessem alimento acumulado por eles no campo no tempo de angústia, quando a espada, a fome e pestilência estão na Terra, seria tomado deles por mãos violentas e estranhos ceifariam os seus campos. Será para nós então tempo de confiar inteiramente em Deus, e Ele nos sustentará. Vi que nosso pão e nossa água serão certos nesse tempo, e que não teremos falta nem padeceremos fome, pois Deus é capaz de estender para nós uma mesa no deserto. Se necessário Ele enviaria corvos para alimentar-nos, como fez com Elias, ou faria chover maná do céu, como fez para os israelitas. CI 288 1 Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois terão de fugir diante de turbas enfurecidas, e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o progresso da causa da verdade presente [...] Foi-me mostrado que é vontade de Deus que os santos se libertem de todo embaraço antes que venha o tempo de angústia, e façam um concerto com Deus mediante sacrifício. Se eles puserem sua propriedade no altar do sacrifício e ferventemente inquirirem de Deus quanto ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando dispor dessas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, sem nenhum estorvo para sobrecarregá-los. -- Primeiros Escritos, 56, 57. CI 288 2 Espírito de abnegação e sacrifício -- O plano da salvação foi estabelecido pelo infinito sacrifício do Filho de Deus. A luz do evangelho que irradia da cruz de Cristo repreende o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não é para lamentar o haver crescentes pedidos. Em Sua providência, Deus está chamando Seu povo a sair da limitada esfera de ação em que vivem, a fim de entrarem em maiores empreendimentos. Ilimitado é o esforço requerido nesta época em que as trevas morais estão cobrindo o mundo. O mundanismo e a cobiça estão destruindo a vitalidade do povo de Deus. Cumpre-lhes compreender que é a misericórdia dEle que faz com que se multipliquem as solicitações de recursos. O anjo de Deus coloca os atos de beneficência ao lado da oração. Disse ele a Cornélio: "As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus". Atos dos Apóstolos 10:4. -- Testimonies for the Church 3:405. CI 288 3 Pratiquemos a economia em nossa casa. Muitos estão acariciando e adorando ídolos. Abandonemos os nossos ídolos. Renunciemos aos nossos prazeres egoístas. Rogo-lhes que não empreguem recursos no embelezamento das residências; porque é dinheiro de Deus, e Ele tornará a pedir esse dinheiro. Pais, por amor de Cristo não empreguem o dinheiro do Senhor na condescendência com as fantasias de seus filhos. Não os ensinem a procurar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. Será que isso vai ajudá-los a salvarem as almas por quem Cristo morreu? Não; suscitará inveja, ciúme e más suspeitas. Seus filhos serão induzidos a competir com a ostentação e extravagância do mundo, e a gastar o dinheiro do Senhor no que não é essencial para a saúde ou a felicidade. CI 288 4 Não ensinem seus filhos a pensar que seu amor a eles deve manifestar-se pela satisfação do seu orgulho, prodigalidade e amor à ostentação. Agora não é o tempo de inventar novas formas de gastar dinheiro. Empreguem suas faculdades inventivas para tratar de economizá-lo. Em vez de satisfazer a inclinação egoísta, gastando o dinheiro em coisas que destroem as faculdades do raciocínio, estudemos como praticar a abnegação, a fim de ter algo que inverter para desfraldar o estandarte da verdade nos novos campos. O intelecto é um talento; vamos usá-lo para descobrir como melhor empregar nossos recursos na salvação das almas. -- Testimonies for the Church 6:450, 451. CI 289 1 Os que se negam a si mesmos a fim de beneficiar a outros, e se consagram com tudo quanto têm ao serviço de Cristo, experimentarão a felicidade que o egoísta procura em vão. Disse nosso Salvador: "Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo". Lucas 14:33. A caridade "não busca os seus interesses". 1 Coríntios 13:5. Isto é o fruto daquele amor e beneficência desinteressados que caracterizavam a vida de Cristo. A lei de Deus em nosso coração subordinará os próprios interesses às considerações elevadas e eternas. -- Testimonies for the Church 3:397. ------------------------Capítulo 49 -- Atitude cristã diante da miséria e do sofrimento CI 290 1 Deus dá hoje aos homens oportunidade de mostrar se amam ao próximo. Aquele que verdadeiramente ama a Deus e aos semelhantes é o que mostra misericórdia ao desvalido, ao sofredor, ao ferido, aos que estão quase a perecer. Deus apela a cada homem para que assuma sua negligenciada obra de buscar restaurar a imagem moral do Criador na humanidade. -- Beneficência Social, 49. CI 290 2 Essa obra por outros exige esforço, abnegação e sacrifício. Mas que é esse pequeno sacrifício que possamos fazer em comparação com aquele feito por Deus em nosso benefício, ao dar Seu Filho unigênito? -- Testimonies for the Church 6:283. CI 290 3 As condições de herança da vida eterna são claramente afirmadas por nosso Salvador da maneira mais simples. O homem que fora ferido e roubado representa aqueles que dependem de nosso interesse, simpatia e caridade. Se negligenciarmos a causa dos necessitados e desafortunados que nos vem ao conhecimento, não importa quem sejam eles, não temos a garantia de vida eterna, pois não estaremos correspondendo aos deveres que Deus sobre nós impõe. Não nos compadecemos ou nos apiedamos da humanidade porque podem não ser de nossa parentela. Vocês têm sido achados transgressores do segundo grande mandamento, do qual dependem os últimos seis. Qualquer que transgredir "em um só ponto, se torna culpado de todos". Tiago 2:10. Aqueles que não abrem o coração às necessidades e sofrimentos da humanidade também não abrirão o coração às reivindicações de Deus declaradas nos primeiros quatro preceitos do decálogo. Os ídolos pedem o coração e as afeições, e Deus não é honrado e não reina supremo. -- Testimonies for the Church 3:524. CI 290 4 Deve ser escrito na consciência, como com pena de ferro sobre a rocha, que aquele que despreza a misericórdia, a compaixão e a justiça, o que negligencia o pobre, que passa por alto as necessidades da humanidade sofredora, que não é bondoso e cortês, está-se conduzindo de maneira que Deus não pode cooperar com ele no desenvolvimento do caráter. O cultivo do espírito e do coração ocorre mais facilmente quando sentimos tão terna compaixão pelos outros, que oferecemos nossos benefícios e privilégios a fim de suprir-lhes as necessidades. Adquirir e segurar tudo quanto nos é possível para nós mesmos, tende a empobrecer a alma. Mas todos os atributos de Cristo aguardam a recepção dos que fazem a própria obra que Deus lhes designou, trabalhando à maneira de Cristo. [...] CI 291 1 O Salvador desconhece tanto classe social como posição, tanto as honras mundanas como as riquezas. Caráter e dedicação de propósito são de alto valor para Ele. Não toma partido ao lado dos fortes e dos favorecidos pelo mundo. Ele, o Filho do Deus vivo, inclina-Se para erguer os caídos. Por meio de promessas e palavras de segurança, busca atrair a Si a alma perdida e prestes a perecer. Os anjos de Deus estão observando para ver quais de Seus seguidores exercerão terna compaixão e simpatia. Observam para ver quais dentre o povo de Deus manifestarão o amor de Jesus. [...] CI 291 2 Deus pede não somente nossa beneficência, mas um semblante satisfeito, palavras de esperança, e um aperto de mão. Ao visitar os aflitos do Senhor, encontraremos alguns a quem a esperança já abandonou; levemos a eles de volta os seus raios. Outros há que carecem do pão da vida; leiamos para eles a Palavra de Deus. Há em outros uma enfermidade que bálsamo algum terrestre pode amenizar, nenhum médico pode curar; oremos por esses e os levemos a Jesus. -- Testimonies for the Church 6:262, 268, 277. CI 291 3 Nosso dever para com os pobres na igreja -- Há duas classes de pobres que temos sempre ao nosso alcance -- os que se arruínam a si mesmos por sua maneira de agir independente e que continuam na transgressão, e os que por amor da verdade foram levados a circunstâncias difíceis. Devemos amar nosso próximo como a nós mesmos, e então, a ambas essas classes. sob a guia e conselho de uma sã prudência, faremos o que for justo. CI 291 4 Não há dúvidas quanto aos pobres do Senhor. Esses devem ser ajudados em todo caso em que isso seja para seu benefício. CI 291 5 Deus quer que Seu povo revele ao mundo pecador que Ele não os deixou a perecer. Devem ser feitos especiais esforços para ajudar os que foram expulsos de seus lares por amor da verdade, sendo obrigados a sofrer. Haverá mais e mais necessidade de corações largos, francos, e generosos, corações que se neguem a si mesmos e se interessem pelos casos desses a quem o Senhor ama. Os pobres entre o povo de Deus não devem ser deixados sem providências a suas necessidades. Cumpre encontrar algum meio pelo qual possam ter a subsistência. Alguns precisarão ser ensinados a trabalhar. Outros, que trabalham ao máximo de suas forças a fim de sustentar a família, necessitarão de especial assistência. Devemos interessar-nos por esses casos e ajudá-los a encontrar emprego. Deve haver um fundo para ajudar essas dignas famílias pobres que amam a Deus e guardam Seus mandamentos. [...] CI 291 6 Devido a certas circunstâncias, alguns dos que amam e obedecem a Deus caem em pobreza. Outros não são cuidadosos; não sabem se dirigir. Outros ainda são pobres por causa de doenças e infortúnios. Seja qual for a causa, acham-se necessitados, e o ajudá-los é importante ramo da obra missionária. -- Testimonies for the Church 6:269, 271. CI 292 1 Sempre que se estabelece uma igreja, seus membros devem fazer uma obra fiel em favor dos crentes necessitados. Não se devem, porém, deter aí. Devem também ajudar a outros, independente de sua fé. Em resultado de tais esforços, alguns desses receberão as verdades especiais para este tempo. -- Testimonies for the Church 6:270. CI 292 2 Como ajudar os necessitados -- Cumpre considerar cuidadosamente e com oração os métodos de ajudar os necessitados. Precisamos buscar em Deus sabedoria, pois Ele sabe mais que os limitados mortais como cuidar das criaturas que fez. Alguns há que dão indiscriminadamente a todos quantos lhes solicitam o auxílio. Nisso eles erram. Ao procurar ajudar o necessitado, devemos cuidar em conceder-lhes a justa espécie de auxílio. Pessoas há que, uma vez ajudadas, continuarão a tornar-se especiais objetos de necessidade. Dependerão enquanto virem alguma coisa de que depender. Dando a essas pessoas tempo e atenção, estimularemos a preguiça, a incapacidade, o desperdício e a intemperança. CI 292 3 Ao darmos aos pobres, convém considerarmos: "Estou eu estimulando o desperdício? Estou eu os ajudando, ou os prejudicando?" Ninguém que possa ganhar a subsistência tem direito a depender de outros. [...] CI 292 4 Homens e mulheres de Deus, pessoas de discernimento e sabedoria, devem ser designados para cuidar dos pobres e necessitados, dando o primeiro lugar aos domésticos da fé. Essas pessoas devem relatar à igreja, e aconselharem-se quanto ao que deve ser feito. -- Testimonies for the Church 6:277, 278. CI 292 5 Deus não exige que nossos irmãos tomem a seu cargo toda família pobre que abraça a mensagem. Caso o fizessem, os pastores teriam de deixar de entrar em novos campos, pois os fundos ficariam esgotados. Muitos são pobres devido a sua própria falta de diligência e economia; eles não sabem manejar devidamente os recursos. Se fossem ajudados, isto lhes seria prejudicial. Alguns serão sempre pobres. Caso lhes fossem proporcionadas as melhores vantagens, isto não os ajudaria. Eles não calculam bem, e gastariam todos os meios que pudessem obter, fossem muitos ou poucos. [...] CI 292 6 Quando essas pessoas abraçam a mensagem, sentem-se com direito à assistência de seus irmãos mais abastados; e se sua expectativa não é satisfeita, queixam-se da igreja, e acusam os irmãos de não viverem segundo a fé. Quais devem ser os sofredores nesse caso? Deve a causa de Deus ser saqueada e esgotado o tesouro em muitos lugares, para cuidar dessas grandes famílias pobres? Não. Os pais é que devem sofrer. Em geral eles não sofrerão mais necessidade depois de abraçarem o sábado, do que sofriam antes. -- Testimonies for the Church 1:272, 273. CI 292 7 Deus permite que os pobres se achem dentro dos limites de toda igreja. Eles estarão sempre conosco, e o Senhor põe sobre os membros de toda igreja uma responsabilidade pessoal de cuidar deles. Não devemos passar a outros nosso encargo. Cumpre-nos manifestar aos que se acham ao nosso redor o mesmo amor e simpatia que Cristo demonstraria, caso estivesse em nosso lugar. Assim devemos ser disciplinados a fim de preparar-nos para trabalhar segundo Cristo. -- Testimonies for the Church 6:272. CI 293 1 O cuidado dos órfãos -- Entre todos quantos necessitam de nosso interesse, são as viúvas e os órfãos os que maior direito têm à nossa terna simpatia. São objeto de especial cuidado do Senhor. São emprestados aos cristãos como depósito de Deus. "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo". Tiago 1:27. CI 293 2 Muito pai falecido na fé, descansando na eterna promessa de Deus, tem deixado os seus queridos com a plena confiança de que o Senhor deles cuidará. E de que maneira provê o Senhor para esses seres privados de amparo? Ele não opera um milagre, enviando maná do Céu; não manda corvos levar-lhes o alimento; opera, porém, um milagre no coração humano, expelindo o egoísmo da alma, e fazendo fluir as fontes da beneficência. Prova o amor de Seus professos seguidores confiando a suas ternas misericórdias as almas aflitas e desamparadas. CI 293 3 Abram aqueles que têm o amor de Deus, o coração e o lar a essas crianças. Não é o melhor plano cuidar dos órfãos em grandes instituições. Caso não tenham parentes capazes de tomar conta deles, os membros de nossas igrejas devem, ou adotar esses pequenos em sua família, ou encontrar lugar conveniente para eles em outros lares. CI 293 4 Essas crianças são, em sentido especial, objeto da atenção do Senhor e negligenciá-las é uma ofensa a Ele feita. Todo ato de bondade para com elas em nome de Jesus, é aceito por Ele como feito a Ele próprio. -- Testimonies for the Church 6:281. ------------------------Capítulo 50 -- Cristãos de todo o mundo unidos em Cristo CI 294 1 [Alguns dos conselhos deste capítulo foram dados pela Sra. White numa reunião onde estavam obreiros de diversos países, línguas e costumes. Alguns desses obreiros antes haviam adotado a posição de que os conselhos que o Senhor enviara a Seu povo através de Ellen G. White só tinha aplicação no país a que ela pertencia.] CI 294 2 Se formos a Cristo com a simplicidade da criança que se dirige aos pais terrestres, e Lhe pedirmos as coisas que nos prometeu, crendo que as receberemos, tê-las-emos. Se todos exercêssemos fé como deveríamos, seríamos abençoados com o Espírito Santo de Deus em medida muito maior do que a já por nós recebida em nossas reuniões. Alegra-me que ainda nos restam alguns dias para o término dessas reuniões. Porque esta é a pergunta que surge: Iremos nós à fonte para beber? Darão o exemplo os que ensinam a Verdade? Deus por nós fará grandes coisas se, com fé, nos apegarmos à Sua Palavra. Que possamos ver aqui todos os corações se humilhando perante Deus! CI 294 3 Desde o início dessas reuniões, me senti fortemente inclinada a abordar os assuntos do amor e da fé. E assim é porque vocês necessitam deste testemunho. Alguns dos que vieram trabalhar nestes territórios missionários têm dito: "A senhora não compreende o povo francês; não compreende os alemães. Eles precisam ser tratados desta ou daquela maneira." CI 294 4 Pergunto, porém: Não os compreenderá Deus? Não é Ele que a Seus servos dá uma mensagem para as pessoas? Ele sabe exatamente o que necessitam; e se a mensagem vem diretamente dEle, por intermédio de Seus servos para o povo, cumprirá a obra que lhe foi designada; todos serão unificados em Cristo. Embora alguns sejam arraigadamente franceses, outros entranhadamente alemães e outros profundamente americanos, todos chegarão a ser identicamente semelhantes a Cristo. CI 294 5 O templo israelita foi construído de pedras lavradas e extraídas das montanhas; e cada pedra era preparada para o seu respectivo lugar no templo, lavrada, polida e provada antes de ser transportada para Jerusalém. E quando todas estavam no terreno, a edificação foi erguida sem que se ouvisse o ruído de um único machado ou martelo. Essa construção representa o templo espiritual de Deus, composto de material trazido de todas as nações, línguas, povos e classes sociais, elevados e humildes, ricos e pobres, sábios e iletrados. Não se trata de substâncias inertes que devam ser trabalhadas com martelo e cinzel. São pedras vivas, tiradas da pedreira do mundo por meio da verdade, e o grande Arquiteto principal, o Senhor do templo, as está agora lavrando, polindo e preparando para o seu lugar respectivo no templo espiritual. Uma vez terminado, esse templo será perfeito em todas as suas partes e causará a admiração dos anjos e dos homens; porque o seu Arquiteto e Construtor é Deus. Ninguém pense que não tem necessidade de correção alguma. CI 295 1 Não existe pessoa nem nação que seja perfeita em todos os seus costumes e pensamentos. Uma precisa aprender da outra. Por isso Deus quer que as diversas nacionalidades se coordenem para chegar a ser um só povo, em sua visão e propósitos. Será, assim, exemplificada a união que há em Cristo. CI 295 2 Eu estava quase com medo de vir a este país, pelo muito que ouvira das peculiaridades das diferentes nacionalidades européias e dos meios a serem empregados para alcançá-las. Mas a sabedoria divina é prometida aos que dela sentem necessidade e a pedem. Deus pode levar as pessoas aonde hão de receber a verdade. Permitamos ao Senhor Se apossar das mentes e moldá-las como o barro é moldado pelas mãos do oleiro, e essas diferenças deixarão de existir. Irmãos, contemplem a Jesus; imitem-Lhe as maneiras e o espírito, e não terão dificuldade alguma para alcançar esses diferentes tipos de pessoas. CI 295 3 Não temos seis modelos para copiar, nem cinco; temos apenas um: Jesus Cristo. Se os irmãos italianos, franceses e alemães tentarem ser iguais a Ele, colocarão os pés sobre o mesmo fundamento da verdade; o mesmo espírito que anima um animará o outro -- Cristo neles, a esperança da glória. Eu os exorto, irmãos e irmãs, a não erguerem um muro de separação entre as diferentes nacionalidades. Ao contrário, tratem de derribá-lo, onde existir. Devemos esforçar-nos por levar todos à harmonia que há em Jesus, trabalhando em prol do objetivo único -- a salvação dos nossos semelhantes. CI 295 4 Meus irmãos no ministério, irão apossar-se das ricas promessas de Deus? Porão de parte o eu e deixarão que Jesus apareça? Antes que Deus possa atuar por seu intermédio, o eu precisa morrer. Fico alarmada ao ver o eu manifestar-se num e noutro, aqui e ali. Em nome de Jesus de Nazaré, eu lhes declaro que sua vontade tem de morrer; ela deve se transformar na vontade de Deus. Ele lhes quer depurar e purificar de toda mácula. Existe uma grande obra para ser feita em seu favor antes de serem revestidos do poder de Deus. Rogo-lhes que se aproximem dEle, a fim de reconhecerem Suas ricas bênçãos, antes de findar esta reunião. -- Testimonies for the Church 9:179-182. CI 296 1 A atitude de Cristo para com a nacionalidade -- Cristo não fazia distinção de nacionalidade, classe social nem credo. Os escribas e fariseus queriam monopolizar todos os dons do Céu em favor da sua localidade e nação, com exclusão do restante da família no mundo inteiro. Cristo, porém, veio para derrubar todo muro de separação. Veio para mostrar que o dom da Sua misericórdia e amor, como o ar, a luz e a chuva que refrigera o solo não reconhece limites. CI 296 2 Por Sua vida, Cristo fundou uma religião na qual não há classes sociais; judeus e pagãos, livres e servos são iguais perante Deus e reunidos por um vínculo fraternal. Nenhum exclusivismo influía em Seus atos. Não fazia distinção alguma entre compatriotas e estrangeiros, amigos e inimigos. O que Lhe atraía o coração era a pessoa sedenta da água da vida. CI 296 3 Não menosprezava ser humano algum mas buscava tornar disponível o bálsamo de cura para toda e qualquer pessoa. Em qualquer companhia que estivesse, apresentava uma lição apropriada ao tempo e às circunstâncias. Todo desprezo ou ultraje que os homens infligiam aos seus semelhantes não fazia senão inspirar-Lhe o sentimento da mais viva necessidade da Sua simpatia divino-humana. Buscava incutir esperança no mais rústico e menos promissor dos homens, assegurando-lhes de que poderiam tornar-se irrepreensíveis e santificados, e adquirir o caráter de filhos de Deus. -- Testimonies for the Church 9:190, 191. CI 296 4 Portanto, sendo os filhos de Deus um em Cristo, como considera Jesus as classes, as distinções sociais, a separação do homem de seus semelhantes, por causa da cor, da raça, posição, riqueza, nascimento ou realizações? O segredo da unidade encontra-se na igualdade entre os crentes em Cristo. -- Mensagens Escolhidas 1:259. CI 296 5 Uma ilustração da unidade -- Há alguns anos, quando era muito pequeno o grupo de crentes na breve volta de Cristo, os observadores do sábado em Topsham, Estado de Maine, reuniam-se para o culto na ampla cozinha da casa do irmão Stockbridge Howland. Numa manhã de sábado, o irmão Howland estava ausente. Isso nos surpreendeu, pois ele costumava ser sempre pontual. Logo, porém, o vimos chegar com a face radiante, iluminada pela glória de Deus. "Irmãos -- disse -- achei alguma coisa. Achei que podemos adotar uma norma de procedimento, a cujo respeito nos diz a Palavra de Deus: 'Nunca tropeçareis.' Vou dizer-lhes de que se trata." CI 296 6 Contou-nos, então, que notara que um irmão pescador pobre, pensava não ser tão estimado quanto merecia, e que o irmão Howland e outros se consideravam superiores a ele. Isso não era verdade, mas assim lhe parecia; e durante algumas semanas não comparecera às reuniões. Assim é que o irmão Howland foi à sua casa e, pondo-se de joelhos diante dele, disse: CI 296 7 - Irmão, perdoe-me; que falta cometi eu? CI 296 8 O homem, pegou-o pelo braço, como querendo erguê-lo. CI 297 1 - Não -- disse o irmão Howland -- que tem o irmão contra mim? CI 297 2 - Nada tenho contra você. CI 297 3 - Acho que alguma coisa deve haver -- insistiu o irmão Howland -- porque antes falávamos livremente um ao outro, mas agora você não me dirige mais a palavra, e eu quero saber o que há. CI 297 4 - Levante-se, irmão Howland -- disse ele. CI 297 5 - Não -- respondeu o irmão Howland -- não quero. CI 297 6 - Então, eu é que tenho de me ajoelhar -- disse ele, caindo sobre os joelhos e confessando como fora infantil e a quantos maus pensamentos se havia entregue. -- Agora -- acrescentou -- afastarei de mim tudo isso. CI 297 7 Ao contar o irmão Howland essa história, tinha o rosto iluminado pela glória do Senhor. Nem bem havia terminado o seu relato, quando entraram o pescador e sua família, e tivemos uma reunião excelente. Suponhamos que alguns de nós seguissem o procedimento adotado pelo irmão Howland. Se, quando os nossos irmãos suspeitam mal, fôssemos até eles, dizendo: "Perdoe-me se alguma coisa fiz para ofendê-lo", poderíamos quebrar o feitiço de Satanás e libertar os irmãos de suas tentações. Não permita que coisa alguma se interponha entre você e seus irmãos. Se alguma coisa há que pode ser feita, embora com sacrifício, para remover as suspeitas, faça. Deus quer que nos amemos uns aos outros como irmãos. Quer que sejamos compassivos e amáveis. Quer que nos habituemos a crer que nossos irmãos nos amam e que Jesus nos ama. Amor atrai amor. CI 297 8 Esperamos nós encontrar nossos irmãos no Céu? Se pudermos conviver com eles aqui vivendo em paz e harmonia, poderemos, então, com eles viver lá. Mas como poderemos com eles estar no Céu, se aqui não conseguimos viver sem lutas nem contendas contínuas? Os que seguem procedimento que os separa dos irmãos, e produz discórdia e dissensão, precisam de uma conversão radical. É necessário que o nosso coração seja enternecido e subjugado pelo amor de Cristo. Devemos cultivar o amor por Ele demonstrado ao morrer por nós na cruz do Calvário. Temos de nos achegar sempre mais ao Salvador. Devemos orar mais e aprender a exercer fé. Precisamos de mais benignidade, compaixão e cortesia. Passaremos por este mundo uma única vez. Não nos esforçaremos por estampar o caráter de Cristo nas pessoas com quem convivemos? CI 297 9 Nosso coração endurecido precisa ser quebrantado. Precisamos formar uma unidade perfeita e reconhecer que fomos resgatados pelo sangue de Jesus Cristo de Nazaré. Diga cada qual para si: "Ele deu a Sua vida por mim, e quer que, ao passar eu por este mundo, revele o amor que Ele manifestou ao entregar-Se por mim." Cristo levou sobre a cruz os nossos pecados em Seu próprio corpo para que Deus seja justo e justificador de quem nEle crê. Há vida, vida eterna reservada para todos quantos se entregam a Cristo. -- Testimonies for the Church 9:191-193. CI 298 1 A força está na unidade -- Trabalhemos com ardor em prol da união. Oremos e trabalhemos para alcançá-la. Ela nos produzirá saúde espiritual, elevação de pensamento, nobreza de caráter, mentalidade celestial que nos capacitará para vencer o egoísmo e as ruins suspeitas, e a ser mais do que vencedores por Aquele que nos amou e a Si mesmo Se deu por nós. Crucifiquemos o eu; consideremos os outros superiores a nós; e assim realizaremos a unidade em Cristo. Perante o Universo celestial, bem como a igreja e o mundo, daremos prova indiscutível de que somos filhos e filhas de Deus. Deus será glorificado através de nosso exemplo. CI 298 2 O milagre que o mundo necessita ver é o que une o coração dos filhos de Deus, uns aos outros, por um amor cristão. Precisa ver os do povo do Senhor assentados juntos no lugares celestiais em Cristo. Não quereremos dar através de nossa vida uma prova do que a verdade divina pode fazer em favor dos que O amam e servem? Deus sabe o que poderemos chegar a ser. Sabe o que a divina graça pode fazer em nosso favor, se nos tornarmos participantes da natureza divina. -- Testimonies for the Church 9:188. CI 298 3 "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer". 1 Coríntios 1:10. CI 298 4 A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que crêem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso. Nunca se achou mais determinado do que agora para tornar de nenhum efeito a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor. -- Testimonies for the Church 5:236. ------------------------Capítulo 51 -- A reunião de oração CI 299 1 As reuniões de oração devem ser as mais interessantes a serem realizadas; são muitas vezes, porém, fracamente dirigidas. Muitos assistem ao culto de pregação, mas negligenciam as reuniões de oração. Nisso também se exige reflexão. Precisamos buscar sabedoria de Deus, e fazer planos para dirigir essas reuniões de maneira a torná-las interessantes e atrativas. O povo tem fome do pão da vida. Se o encontrarem na reunião de oração, ali irão para recebê-lo. CI 299 2 Longas e cansativas palestras e orações são inadequadas em qualquer parte, e especialmente na reunião de oração. Os que são desinibidos e sempre prontos a falar, tomam a liberdade de sacrificar o testemunho dos tímidos e retraídos. Os mais superficiais têm, geralmente, mais a dizer. Longas e mecânicas são suas orações. Fatigam os anjos e as pessoas que os escutam. Nossas orações devem ser breves e diretas. Que as longas e enfadonhas petições fiquem para nosso aposento particular, caso alguém queira fazer alguma dessa espécie. Deixem que o Espírito de Deus lhes entre no coração, e Ele expelirá dali toda árida formalidade. -- Testimonies for the Church 4:70, 71. CI 299 3 A oração pública deve ser breve -- Cristo deu a entender a Seus discípulos que suas orações deviam ser breves, exprimindo exatamente o que desejavam, e nada mais. Sugeriu-lhes a extensão e substância das orações, que resumiam seus desejos de bênçãos temporais e espirituais, bem como a gratidão manifestada por elas. Quão compreensiva é essa Oração Modelo! Abrange as necessidades reais de todos. Um ou dois minutos é tempo suficiente para qualquer oração habitual. Haverá casos em que a oração é expressa de modo especial pelo Espírito de Deus, quando a súplica é feita no Espírito. O coração ardente anseia e suspira por Deus; o espírito luta como Jacó, e não se satisfaz enquanto não vir uma manifestação especial do poder de Deus. Isso é o que Deus deseja. CI 299 4 Muitos, entretanto, fazem orações secas em forma de sermão. Eles oram aos homens e não a Deus. Se estivessem orando a Deus e realmente compreendessem o que estavam fazendo, assustar-se-iam de sua audácia, pois estão dirigindo ao Senhor um discurso, em forma de oração, como se o Criador do Universo necessitasse de informações especiais a respeito do que se passa no mundo. Tais orações são como "o metal que soa ou como o sino que tine". 1 Coríntios 13:1. Não são tidas em conta alguma no Céu. Os anjos de Deus e também os mortais que são obrigados a escutá-las, aborrecem-se delas. CI 300 1 Jesus foi encontrado muitas vezes orando. Retirava-Se para os bosques solitários ou para as montanhas, a fim de ali elevar Suas súplicas ao Pai. Terminados os trabalhos e cuidados do dia, enquanto os cansados buscavam o repouso, Jesus dedicava tempo à oração. Não queremos desencorajar a oração, pois entre nós se ora e vigia muito pouco. E poucas orações são feitas com entendimento. Orações fervorosas e eficazes poderão ser feitas a todo tempo, e jamais fatigarão alguém. Essas orações atraem e reanimam a todos os que tomam interesse na devoção. CI 300 2 A oração particular é negligenciada, e essa é a razão por que muitos apresentam orações longas, tediosas, que refletem apostasia, quando se reúnem para adorar a Deus. Querem, com suas orações, satisfazer os deveres negligenciados da semana inteira e oram demoradamente, esperando reparar assim a sua falta e acalmar a consciência que os acusa. Esperam pela oração conquistar o favor de Deus. Freqüentemente, porém, essas orações têm por conseqüência reduzir outros a seu baixo nível de trevas espirituais. Se os cristãos atendessem mais aos ensinos de Cristo quanto ao dever de orar e vigiar, o seu culto a Deus havia de provar-se mais racional. -- Testimonies for the Church 2:581, 582. CI 300 3 Mais louvor na oração -- "Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor". Salmos 150:6. Tem acaso algum de nós considerado devidamente quanto temos por que ser agradecidos? Lembramos nós que as misericórdias do Senhor são novas cada manhã, e que Sua fidelidade é para sempre? Reconhecemos nossa dependência dEle, e exprimimos gratidão por todos os Seus favores? Ao contrário, demasiadas vezes esquecemos que "toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes". Tiago 1:17. CI 300 4 Quantas vezes os que estão com saúde esquecem as maravilhosas bênçãos que lhes são continuamente concedidas dia a dia, ano após ano! Não rendem a Deus tributo de louvor por todos os Seus benefícios. Quando sobrevém a doença, porém, lembram-se de Deus. O forte desejo de restabelecer-se induz a fervorosa oração; e isto é direito. Deus é nosso refúgio tanto na enfermidade como na saúde. Muitos, no entanto, não Lhe entregam seu caso; eles promovem a fraqueza e a doença preocupando-se consigo mesmos. Caso deixassem de afligir-se, e se erguessem acima da depressão e das sombras, mais certa seria sua cura. Devem lembrar-se com gratidão por quanto tempo desfrutaram a bênção da saúde; e, fosse essa preciosa graça a eles restituída, não deveriam esquecer que se acham sob nova obrigação para com seu Criador. Quando os dez leprosos foram curados, unicamente um volveu em busca de Jesus e deu-Lhe glória. Não sejamos nós como os ingratos nove, cujo coração não foi tocado pela misericórdia de Deus. -- Testimonies for the Church 5:315. CI 300 5 O hábito de ficar pensando em males antecipados não é sábio nem cristão. Assim fazendo, deixamos de desfrutar as bênçãos e aproveitar as oportunidades do presente. O Senhor exige que cumpramos os deveres do dia de hoje, e lhe suportemos as provas. Hoje, devemos vigiar a fim de não pecarmos por palavras e atos. Cumpre-nos hoje louvar e honrar a Deus. Pelo exercício de uma fé viva hoje, temos de conquistar o inimigo. Precisamos buscar hoje a Deus, e estar decididos a não ficar satisfeitos sem Sua presença. Devemos vigiar e trabalhar e orar como se este fosse o último dia a nós concedido. Quão intensamente zelosa, então, seria nossa vida! Quão de perto seguiríamos a Jesus em todas as nossas palavras e ações! -- Testimonies for the Church 5:200. CI 301 1 Deus está atento às pequenas coisas -- Poucos há que apreciam ou aproveitam devidamente o precioso privilégio da oração. Devemos ir a Jesus e contar-Lhe todas as nossas necessidades. Podemos levar-Lhe nossos pequenos cuidados e perplexidades, da mesma maneira que as maiores aflições. Seja o que for que surja para nos perturbar ou afligir, devemos levar ao Senhor em oração. Quando sentirmos que necessitamos da presença de Cristo a todo instante, Satanás terá pouco ensejo de introduzir suas tentações. É seu estudado esforço manter-nos afastados de nosso melhor e mais compassivo amigo. Não devemos tornar ninguém senão Jesus nosso confidente. Podemos com segurança comunicar-Lhe tudo quanto se acha em nosso coração. Irmãos e irmãs, quando vocês se reúnem para o culto de oração, creiam que Jesus Se reúne com vocês; creiam que Ele está disposto a abençoá-los. Desviem os olhos do próprio eu; olhem a Jesus, falem de Seu incomparável amor. Contemplando-O, serão transformados à Sua semelhança. Quando orarem, sejam breves, vão diretamente ao ponto. Não preguem um sermão ao Senhor em suas longas orações. Peçam o pão da vida como uma criança faminta pede pão a seu pai terrestre. Deus nos concederá toda bênção de que necessitamos, uma vez que Lhe peçamos em simplicidade e fé. [...] CI 301 2 A oração é o mais santo exercício da alma. Deve ser sincera, humilde, fervorosa -- os desejos de um coração renovado, expressos na presença de um Deus santo. Quando o suplicante sente achar-se na presença divina, o próprio eu será perdido de vista. Ele não terá desejos de exibir talento humano; não procurará agradar o ouvido dos homens, mas obter a bênção intensamente ambicionada pela alma. -- Testimonies for the Church 5:200, 201. CI 301 3 Tanto no culto público, como no particular, ternos o privilégio de curvar os joelhos perante o Senhor ao fazer-Lhe nossas petições. Jesus, nosso exemplo, "pondo-Se de joelhos, orava". Lucas 22:41. Acerca de Seus discípulos acha-se registrado que também se punham de joelhos e oravam. Atos dos Apóstolos 9:40; 20:36; 21:5. Paulo declarou: "[...] me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". Efésios 3:14. Ao confessar perante Deus os pecados de Israel, Esdras ajoelhou-se. Esdras 9:5. Daniel "três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante de seu Deus". Daniel 6:10. -- Obreiros Evangélicos, 178. ------------------------Capítulo 52 -- O batismo CI 302 1 O rito do batismo e o da Ceia do Senhor são dois monumentos comemorativos, colocados um fora e outro dentro da igreja. Sobre essas ordenanças Cristo inscreveu o nome do Deus verdadeiro. Fazendo do batismo o sinal de entrada para o Seu reino espiritual, Cristo o estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Antes que o homem possa obter abrigo na igreja, antes mesmo de transpor o limiar do reino espiritual de Deus, deve receber a impressão do nome divino -- "O Senhor Justiça Nossa". Jeremias 23:6. CI 302 2 Simboliza o batismo soleníssima renúncia ao mundo. Os que ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renunciaram ao serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do celestial Rei. Obedeceram ao preceito que diz: "Saí do meio deles, e apartai-vos [...] e não toqueis nada imundo." Cumpriu-se em relação a eles a promessa divina: "E Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso". 2 Coríntios 6:17, 18. [...] CI 302 3 Os compromissos que assumimos no ato do batismo são tremendamente amplos. Em nome do Pai. do Filho e do Espírito Santo fomos sepultados com Cristo na semelhança de Sua morte e com Ele ressuscitamos na de Sua ressurreição, a fim de andarmos em novidade de vida. Nossa vida está vinculada à de Cristo, e o crente deve lembrar-se de que daí por diante está consagrado a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo. Todos os negócios deste mundo entram para segundo plano nesta sua nova posição. Publicamente confessa não querer continuar mais uma vida de vaidade e satisfação própria. Sua conduta deve deixar de ser descuidosa e indiferente. Contraiu aliança com Deus, e está morto para o mundo. Deve viver agora para o Senhor, dedicar-Lhe todas as faculdades de que dispõe, e não esquecer-se de que traz o sinal de Deus, de que é súdito do reino de Cristo e participante de Sua natureza divina. Cumpre-lhe entregar a Deus tudo quanto é e possui, usando todos os seus dons para glória de Seu nome. -- Testimonies for the Church 6:91, 98, 99. CI 302 4 Preparo para o batismo -- É necessário mais cuidadoso preparo dos que se apresentam candidatos ao batismo. Têm necessidade de mais conscienciosa instrução do que em geral recebem. Os princípios da vida cristã devem ser claramente explicados aos recém-convertidos. Não se pode confiar na sua mera profissão de fé como prova de que experimentaram o contato salvador de Cristo. Importa não só dizer "creio" mas também praticar a verdade. É pela nossa conformidade com a vontade divina em nossas palavras, atos e caráter, que provamos nossa comunhão com Ele. Quando quer que alguém renuncie ao pecado, que é a transgressão da lei, sua vida é posta em harmonia com essa lei, caracterizando-se por perfeita obediência à mesma. Essa é a obra do Espírito Santo. A luz obtida pelo exame cuidadoso da Palavra de Deus, a voz da consciência e as operações do Espírito, produzem no coração o genuíno amor de Cristo, o qual Se deu em sacrifício perfeito para salvar o homem todo -- o corpo, a alma e o espírito. Esse amor se manifesta na obediência. A linha de demarcação entre os que amam a Deus e guardam Seus mandamentos e os que O não amam e desprezam Seus preceitos há de ser clara e distinta. [...] CI 303 1 Satanás tem empenho em que ninguém reconheça a necessidade de se entregar completamente a Deus. Quando, porém, a alma não faz essa oferta de si mesma, o pecado não é renunciado; os apetites e paixões entram a disputar a primazia; tentações várias confundem a consciência, e não ocorre a conversão legítima. Se todos soubessem avaliar o conflito que cada pessoa tem de sustentar com os instrumentos satânicos que a buscam enredar, seduzir e iludir, um trabalho mais diligente se faria notar a favor dos que são novos na fé. -- Testimonies for the Church 6:91-93. CI 303 2 A preparação das crianças para o batismo -- Os pais cujos filhos desejam ser batizados têm uma obra a fazer, examinando-se a si próprios e instruindo conscienciosamente os filhos. O batismo é um rito muito importante e sagrado, e importa compreender bem o seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver qualquer precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem. Consentindo no batismo dos filhos, os pais estabelecem, em relação a eles, uma responsabilidade sagrada de despenseiros, para guiá-los na formação do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não desonrem a fé que professam. CI 303 3 A instrução religiosa deve ser ministrada aos filhos desde a mais tenra infância; não num espírito de condenação, mas alegre e bondoso. As mães devem vigiar constantemente, para que a tentação não sobrevenha aos filhos de modo a não ser deles reconhecida. Os pais devem proteger os filhos por meio de instruções sábias e valiosas. Como os melhores amigos desses seres inexperientes, devem ajudá-los a vencer a tentação, porque ser vitoriosos é quase sempre a sua sincera ambição. Devem considerar que os filhinhos, que procuram proceder bem são os membros mais novos da família do Senhor, sendo o seu dever ajudá-los com profundo interesse a dar passos firmes no caminho da obediência. Com carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a render-se em obediência a Ele. E, ao mesmo tempo, obediência a Deus implica obediência aos pais. Esse deve ser seu empenho de cada dia e de cada hora. Os pais devem vigiar; vigiar e orar, e fazer dos filhos os seus companheiros. CI 304 1 E quando enfim chegar a época mais feliz de sua existência, e, amando de coração a Jesus, desejarem ser batizados, haja reflexão. Antes de batizá-los, pergunte-se a eles se o principal propósito de sua vida é servir a Deus. Ensine-lhes então como devem começar, pois muito depende dessa primeira lição. Mostre-lhes com simplicidade como prestar o primeiro serviço a Deus. Torne essa lição tão compreensível quanto possível. Explique-lhes o que significa entregar-se ao Senhor e, ajudados pelos conselhos dos pais, proceda como manda Sua Palavra. CI 304 2 Depois de feito tudo o que é necessário, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, devem ter a permissão para serem batizados. Mas, repito, é preciso primeiramente agir como pastores fiéis em guiar-lhes os inexperientes pés no caminho estreito da obediência. Deus tem de operar nos pais para que possam dar aos filhos bom exemplo em relação ao amor, à cortesia, humildade cristã e inteira devoção a Cristo. Se, porém, for permitido que os filhos sejam batizados e depois forem deixados a viver de qualquer maneira, não sentindo obrigação de guiá-los pelo caminho estreito, vocês serão responsáveis pelo fracasso de sua fé, ânimo e interesse pela verdade. CI 304 3 Os batizandos adultos devem compreender melhor do que os de menor idade os seus deveres; mas o pastor da igreja tem obrigações em relação a eles. Talvez cultivem maus hábitos e práticas, cumprindo por isso ao pastor realizar com eles reuniões especiais. Deve-se estudar com eles a Bíblia, falar e orar com eles, mostrando-lhes claramente o que o Senhor deles requer. Apresente a eles o que diz a Bíblia com respeito à conversão. Mostre-lhes o que seja o fruto da conversão, a prova de que amam deveras a Deus. Explique-lhes que a legítima conversão se manifesta numa mudança do coração, pensamentos e intenções, pela renúncia de maus costumes, mexericos, ciúme e desobediência. Uma luta tem de ser travada contra cada mau traço de caráter; e então o crente poderá prevalecer-se da promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á". Mateus 7:7. -- Testimonies for the Church 6:93-95. ------------------------Capítulo 53 -- A ceia do Senhor CI 305 1 Os símbolos da casa do Senhor são simples e facilmente compreensíveis, e as verdades por eles representadas são-nos da mais profunda significação. -- Evangelismo, 273. CI 305 2 Cristo Se achava no ponto de transição entre dois sistemas e suas duas grandes festas. Ele, o imaculado Cordeiro de Deus, estava para Se apresentar como oferta pelo pecado, e queria assim levar a termo o sistema de símbolos e cerimônias que por quatro mil anos apontara à Sua morte. Ao comer a páscoa com Seus discípulos, instituiu em seu lugar o serviço que havia de comemorar Seu grande sacrifício. Passaria para sempre a festa nacional dos judeus. O serviço que Cristo estabeleceu devia ser observado por Seus seguidores em todas as terras e por todos os séculos. CI 305 3 A páscoa fora instituída para comemorar a libertação de Israel da servidão egípcia. Deus ordenara que, de ano em ano, quando os filhos perguntassem a significação desta ordenança, a história desse acontecimento fosse repetida. Assim o maravilhoso livramento se conservaria vivo na memória de todos. A ordenança da ceia do Senhor foi dada para comemorar a grande libertação operada em resultado da morte de Cristo. Até que Ele venha a segunda vez em poder e glória, há de ser celebrada esta ordenança. É o meio pelo qual Sua grande obra em nosso favor deve ser conservada viva em nossa memória. [...] CI 305 4 O exemplo de Cristo proíbe exclusão da ceia do Senhor. Verdade é que o pecado aberto exclui o culpado. Isto ensina plenamente o Espírito Santo. 1 Coríntios 5:11. Além disso, porém, ninguém deve julgar. Deus não deixou aos homens dizer quem se apresentará nessas ocasiões. Pois quem pode ler o coração? Quem é capaz de distinguir o joio do trigo? "Examine-se pois o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice." Pois "qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor". "Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor". 1 Coríntios 11:28, 27, 29. [...] CI 305 5 Ninguém deve se excluir da comunhão por estar presente, talvez, alguém que seja indigno. Todo discípulo é chamado a participar publicamente, e dar assim testemunho de que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal. [...] CI 305 6 Participando com os discípulos do pão e do vinho, Cristo Se empenhou para com eles, como seu Redentor. Confiou-lhes o novo concerto. pelo qual todos os que O recebem se tornam filhos de Deus, e co-herdeiros de Cristo. Por esse concerto pertencia-lhes toda bênção que o Céu podia conceder para esta vida e a futura. Esse ato de concerto devia ser ratificado com o sangue de Cristo. E a ministração do sacramento havia de conservar diante dos discípulos o infinito sacrifício feito por cada um deles individualmente, como parte do grande todo da caída humanidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 652, 653, 656, 659. CI 306 1 O Servo dos servos -- Quando os discípulos entraram na sala da ceia, tinham o coração cheio de ressentimentos. Judas apressou-se a tomar lugar junto de Cristo, à esquerda; João estava à direita. Se houvesse lugar mais elevado, Judas estava decidido a ocupá-lo, e esse lugar, julgava-se, era junto de Cristo. E Judas era um traidor. CI 306 2 Surgira outra causa de dissensão. Numa festa, era costume que um servo lavasse os pés aos hóspedes, e nessa ocasião se fizeram preparativos para esse serviço. O jarro, a bacia e a toalha ali estavam, prontos para a lavagem dos pés; não havia nenhum servo presente, porém, e cabia aos discípulos fazer isso. Mas cada um deles, cedendo ao orgulho ferido, resolveu não desempenhar a parte de servo. Todos manifestaram total desinteresse, parecendo inconscientes de haver qualquer coisa para fazerem. Por seu silêncio, recusavam-se a humilhar-se. [...] CI 306 3 Os discípulos não fizeram nenhum gesto no sentido de se servirem uns aos outros. Jesus esperou por algum tempo a ver o que fariam. Então Ele, o divino Mestre, Se ergueu da mesa. Pondo de lado a veste exterior, que Lhe poderia estorvar os movimentos, tomou uma toalha e cingiu-Se. Com surpreendido interesse olhavam os discípulos, esperando em silêncio ver o que se ia seguir. "Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido". João 13:5. Esta ação abriu os olhos deles. Profunda vergonha e humilhação os possuiu. Entenderam a muda repreensão, e viram-se a si mesmos sob um aspecto inteiramente novo. CI 306 4 Assim exprimiu Cristo Seu amor pelos discípulos. O espírito egoísta que os animava, encheu-O de pesar, mas não entrou em discussão com eles a respeito do caso. Deu-lhes em vez disso um exemplo que nunca esqueceriam. Seu amor a eles não se alterava nem esfriava facilmente. Sabia que o Pai entregara todas as coisas em Suas mãos, e que viera de Deus e ia para Deus. Tinha plena consciência de Sua divindade; mas pusera de lado a coroa real e as régias vestimentas, e tomara a forma de servo. Um dos últimos atos de Sua vida na Terra foi cingir-Se como servo, e desempenhar a parte de servo. [...] CI 306 5 Cristo queria que Seus discípulos entendessem que, se bem que Ele lhes houvesse lavado os pés, isto em nada Lhe diminuía a dignidade. "Vós Me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu sou". João 13:13. E, sendo tão infinitamente superior, Ele comunicou graça e significação a esse serviço. Ninguém tão exaltado como Cristo, e todavia abaixou-Se até ao mais humilde dever. Para que Seu povo não fosse extraviado pelo egoísmo que habita no coração natural, e se fortaleça com o servir ao próprio eu. Cristo mesmo estabeleceu o exemplo da humildade. Não deixaria esse grande assunto a cargo do homem. De tanta conseqüência o considerava, que Ele próprio, igual a Deus, fez o papel de servo para com Seus discípulos. Enquanto eles contendiam pela mais alta posição. Aquele diante de quem todo joelho se dobrará, a quem os anjos da glória reputam uma honra servir, curvou-Se para lavar os pés daqueles que Lhe chamavam Senhor. Lavou os pés de Seu traidor. [...] CI 307 1 Depois, havendo lavado os pés aos discípulos, Ele disse: "Eu vos dei o exemplo, para que como Eu vos fiz, façais vós também". João 13:15. Nestas palavras Cristo não somente estava ordenando a prática da hospitalidade. Queria significar mais do que a lavagem dos pés dos hóspedes para tirar-lhes o pó dos caminhos. Cristo estava aí instituindo um culto. Pelo ato de nosso Senhor, esta cerimônia humilhante tornou-se uma ordenança consagrada. Devia ser observada pelos discípulos, a fim de poderem conservar sempre em mente Suas lições de humildade e serviço. -- O Desejado de Todas as Nações, 644, 645, 649, 650. CI 307 2 A ordenança da preparação -- Esta ordenança é o preparo designado por Cristo para o serviço sacramental. Enquanto o orgulho, desinteligência e luta por superioridade forem nutridos, o coração não pode entrar em associação com Cristo. Não estamos preparados para receber a comunhão de Seu corpo e de Seu sangue. Por isso Jesus indicou que se observasse primeiramente a comemoração de Sua humilhação. CI 307 3 Ao chegarem a esta ordenança, os filhos de Deus devem evocar as palavras do Senhor da vida e da glória: "Entendeis o que vos tenho feito? Vós Me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu o sou. Ora se Eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns dos outros. Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes". João 13:16, 17. CI 307 4 Existe no homem a disposição de se estimar em mais alta conta do que a seu irmão, de trabalhar para si mesmo, de procurar o mais alto lugar; e muitas vezes isso dá em resultado ruins suspeitas e amargura de espírito. A ordenança que precede à ceia do Senhor, deve remover esses desentendimentos, tirar o homem de seu egoísmo, fazê-lo baixar de seus tacões de exaltação própria à humildade de coração que o levará a servir a seu irmão. CI 307 5 O santo Vigia do Céu acha-Se presente nesses períodos para torná-los uma ocasião de exame de consciência, de convicção de pecado, e de bendita segurança de pecados perdoados. Cristo, na plenitude de Sua graça, acha-Se aí para mudar a corrente dos pensamentos que têm seguido direções egoístas. O Espírito Santo aviva as sensibilidades dos que seguem o exemplo de seu Senhor. Ao ser lembrada a humilhação do Salvador por nós, pensamento liga-se a pensamento; evoca-se uma cadeia de lembranças, a recordação da grande bondade de Deus e do favor e ternura dos amigos terrestres. [...] CI 308 1 Sempre que essa ordenança é devidamente celebrada, os filhos de Deus são levados a uma santa relação uns para com os outros, para se ajudar e beneficiar mutuamente. Comprometem-se a dar a vida a um desinteressado ministério. E isto não somente uns pelos outros. Seu campo de labor é tão vasto como era o de Seu Mestre. O mundo está cheio de pessoas necessitadas de nosso ministério. Os pobres, os ignorantes, os desamparados, acham-se por toda parte. Aqueles que comungaram com Cristo no cenáculo, sairão para servir como Ele serviu. CI 308 2 Jesus, o que era servido por todos, veio a tornar-Se Servo de todos. E porque ministrou a todos, por todos há de ser novamente servido e honrado. E os que quiserem partilhar de Seus divinos atributos, participando com Ele da alegria de ver almas redimidas, devem seguir-Lhe o exemplo de abnegado ministério. -- O Desejado de Todas as Nações, 650, 651. CI 308 3 Lembrança da segunda vinda de Cristo -- Enquanto se achavam reunidos ao redor da mesa, disse Ele em tom de tocante tristeza: "Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça, porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus. E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus." Lucas 22:15-18. [...] CI 308 4 Mas o momento da comunhão não deve ser um período de tristeza. Não é esse o seu desígnio. Ao reunirem-se os discípulos do Senhor em torno de Sua mesa, não devem lembrar e lamentar suas deficiências. Não se devem demorar em sua passada vida religiosa, seja ela de molde a elevar ou a deprimir. Não tragam à memória as diferenças existentes entre si e seus irmãos. A cerimônia preparatória abrangeu tudo isso. O exame próprio, a confissão do pecado, a reconciliação dos desentendimentos, tudo já foi feito. CI 308 5 Agora, chegam para se encontrar com Cristo. Não devem permanecer à sombra da cruz, mas à sua luz salvadora. Abram a alma aos brilhantes raios do Sol da Justiça. Corações limpos pelo preciosíssimo sangue de Cristo, na plena consciência de Sua presença, se bem que invisível, devem-Lhe ouvir as palavras: "Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá". João 14:27. [...] CI 308 6 Ao recebermos o pão e o vinho simbolizando o corpo partido de Cristo e Seu sangue derramado, unimo-nos, pela imaginação, à cena da comunhão no cenáculo. Afigura-se-nos estar atravessando o jardim consagrado pela agonia dAquele que levou sobre Si os pecados do mundo. Testemunhamos a luta mediante a qual foi obtida nossa reconciliação com Deus. Cristo crucificado apresenta-Se entre nós. CI 309 1 Contemplando o crucificado Redentor, compreendemos mais plenamente a magnitude e significação do sacrifício feito pela Majestade do Céu. O plano da salvação glorifica-se aos nossos olhos, e a idéia do Calvário desperta vivas e sagradas emoções em nossa alma. No coração e nos lábios achar-se-ão louvores a Deus e ao Cordeiro; pois o orgulho e o culto de si mesmo não podem crescer na alma que conserva sempre vivas na memória as cenas do Calvário. -- O Desejado de Todas as Nações, 643, 659, 661. CI 309 2 Quando a fé contempla o grande sacrifício de nosso Senhor, a alma assimila a vida espiritual de Cristo. Essa alma receberá vigor espiritual de cada comunhão. O serviço forma uma viva conexão pela qual o crente é ligado a Cristo, e assim ao Pai. Isso forma, em especial sentido, uma união entre os dependentes seres humanos, e Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 661. CI 309 3 A santa ceia aponta à segunda vinda de Cristo. Foi destinada a conservar viva essa esperança na mente dos discípulos. Sempre que se reuniam para comemorar Sua morte, contavam como Ele, "tomando o cálice, e dando graças, deu-lhes, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de Meu Pai". Mateus 26:27-29. Nas tribulações, encontravam conforto na esperança da volta de seu Senhor. Indizivelmente precioso era para eles o pensamento: "Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha". 1 Coríntios 11:26. CI 309 4 Estas são as coisas que nunca devemos esquecer. O amor de Jesus com Seu subjugante poder, deve ser mantido vivo em nossa memória. Cristo instituiu este serviço para que ele nos falasse aos sentidos acerca do amor de Deus, expresso em nosso favor. Não pode haver união entre nossa alma e Deus, senão por meio de Cristo. A união e o amor entre irmão e irmão devem ser cimentados e feitos eternos pelo amor de Jesus. E nada menos que a morte de Cristo podia tornar eficaz o Seu amor por nós. É unicamente por causa de Sua morte, que podemos esperar com alegria Sua segunda vinda. Seu sacrifício é o centro de nossa esperança. Nele nos cumpre fixar a nossa fé. -- O Desejado de Todas as Nações, 659. 660. ------------------------Capítulo 54 -- Oração pelos doentes CI 310 1 Diz a Escritura que os homens devem "orar sempre e nunca desfalecer" (Lucas 18:1); e, se há um tempo em que eles sintam sua necessidade de orar, é quando lhes faltam as forças, e a própria vida lhes parece fugir. Freqüentemente os que estão com saúde esquecem as maravilhosas misericórdias a eles feitas continuadamente, dia após dia, ano após ano, e não rendem a Deus tributo e louvor por Seus benefícios. Ao sobrevir a doença, porém, Ele é lembrado. Ao faltarem as forças humanas, sentem os homens a necessidade do auxílio divino. E nunca o nosso misericordioso Deus Se afasta da alma que para Ele em sinceridade se volve em busca de auxílio. Ele é nosso refúgio na enfermidade assim como na saúde. [...] CI 310 2 Cristo é agora o mesmo compassivo médico que era durante Seu ministério terrestre. NEle há bálsamo curativo para toda doença, poder restaurador para toda enfermidade. Seus discípulos de nossos dias devem orar pelos doentes tão verdadeiramente como os de outrora. E seguir-se-ão as curas; pois "a oração da fé salvará o doente". Tiago 5:15. Temos o poder do Espírito Santo, a calma certeza da fé, de que podemos reivindicar as promessas de Deus. A promessa do Senhor: "Imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão" (Marcos 16:18), é tão digna de fé hoje como nos dias dos apóstolos. Ela apresenta o privilégio dos filhos de Deus, e nossa fé deve lançar mão de tudo quanto aí se encerra. Os servos de Cristo são os instrumentos de Sua operação, e por meio deles deseja exercer Seu poder de curar. É nossa obra apresentar o enfermo e sofredor a Deus, nos braços da fé. Devemos ensinar-lhes a crer no grande Médico. O Salvador deseja que animemos os enfermos, os desesperançados, os aflitos a apegarem-se a Sua força. -- A Ciência do Bom Viver, 225, 226. CI 310 3 Condições para que a oração seja atendida -- Unicamente vivendo em obediência a Sua palavra podemos pedir o cumprimento das promessas que nos faz. O salmista diz: "Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá". Salmos 66:18. Se Lhe prestamos apenas uma obediência parcial, com a metade do coração, Suas promessas não se cumprirão em nós. CI 310 4 Temos na Palavra de Deus instruções relativas à oração especial pelo restabelecimento de um doente. Mas tal oração é um ato soleníssimo, e não o devemos realizar sem atenta consideração. Em muitos casos de oração pela cura de um doente, o que se chama fé não é nada mais que presunção. CI 311 1 Muitas pessoas chamam sobre si a doença pela condescendência consigo mesmas. Não têm vivido segundo as leis naturais ou os princípios da estrita pureza. Outros têm desconsiderado as leis da saúde em seus hábitos de comer e beber, vestir ou trabalhar. Freqüentemente é alguma forma de vício a causa do enfraquecimento mental ou físico. Obtivessem essas pessoas a bênção da saúde, e muitas delas continuariam a seguir o mesmo rumo de descuidosa transgressão das leis naturais e espirituais de Deus, raciocinando que, se Ele as cura em resposta à oração, elas se acham em liberdade de prosseguir em suas práticas nocivas, condescendendo sem restrições com apetites pervertidos. Se Deus operasse um milagre para restaurar à saúde essas pessoas, estaria animando o pecado. CI 311 2 É trabalho perdido ensinar o povo a volver-se para Deus como Aquele que cura suas enfermidades, a menos que seja também ensinado a renunciar aos hábitos nocivos. Para que recebam Sua bênção em resposta à oração, devem cessar de fazer o mal e aprender a fazer o bem. Seu ambiente deve ser higiênico, corretos os seus hábitos de vida. Devem viver em harmonia com a Lei de Deus, tanto a natural como a espiritual. CI 311 3 Deve-se tornar claro aos que desejam orações por seu restabelecimento que a violação da Lei de Deus, quer natural quer espiritual, é pecado, e que, a fim de receber Suas bênçãos, ele deve ser confessado e abandonado. CI 311 4 A Escritura nos ordena: "Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis". Tiago 5:16. Ao que solicita orações, sejam apresentados pensamentos como este: "Nós não podemos ler o coração, nem conhecer os segredos de vossa vida. Estes são conhecidos unicamente por vós mesmos e por Deus. Se vos arrependeis de vossos pecados, é o vosso dever fazer confissão deles." O pecado de natureza particular deve ser confessado a Cristo, o único mediador entre Deus e o homem. Pois "se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai. Jesus Cristo, o justo". 1 João 2:1. Todo pecado é uma ofensa a Deus, e Lhe deve ser confessado por intermédio de Cristo. Todo pecado público, deve ser do mesmo modo publicamente confessado. A ofensa feita a um semelhante deve ser ajustada com a pessoa ofendida. Se alguém que deseja recuperar a saúde se acha culpado de maledicência, se semeou a discórdia no lar, na vizinhança ou na igreja, suscitando separação e dissensão, se por qualquer má prática induziu outros a pecar, essas coisas devem ser confessadas diante de Deus e perante os agravados. "Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo para nos perdoar [...] e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. CI 311 5 Havendo os erros sido endireitados, podemos apresentar as necessidades do enfermo ao Senhor com fé tranqüila, como Seu espírito nos indicar. Ele conhece cada indivíduo por nome, e cuida de cada um como se não houvesse na Terra nenhum outro por quem houvesse dado Seu bem-amado Filho. Por ser o amor de Deus tão grande e inalterável, o doente deve ser estimulado a confiar nEle e ficar esperançoso. Estar ansioso quanto a si mesmo tende a causar fraqueza e doença. Se eles se erguerem acima da depressão e da tristeza, será melhor sua perspectiva de restabelecimento; pois "os olhos do Senhor estão sobre [...] os que esperam na Sua misericórdia". Salmos 33:18. CI 312 1 Ao orar pelos doentes, cumpre lembrar que "não sabemos o que havemos de pedir como convém". Romanos 8:26. Não sabemos se a bênção que desejamos será para o bem ou não. Portanto, nossas orações devem incluir este pensamento: "Senhor, Tu conheces todo segredo da alma. Estás familiarizado com estas pessoas. Jesus, seu Advogado, deu a vida por elas. Seu amor por elas é maior do que é possível ser o nosso. Se, portanto, for para Tua glória e o bem dos aflitos, pedimos, em nome de Jesus, que sejam restituídas à saúde. Se não for da Tua vontade que se restaurem, rogamos-Te que a Tua graça as conforte e a Tua presença as sustenha em seus sofrimentos." CI 312 2 Deus conhece o fim desde o princípio. Conhece de perto o coração de todos os homens. Lê todo segredo da alma. Sabe se aqueles por quem se fazem as orações haviam ou não de resistir às provações que lhes sobreviriam, houvessem eles de viver. Sabe se sua vida seria uma bênção ou uma maldição para si mesmos e para o mundo. Esta é uma razão pela qual, ao mesmo tempo que apresentamos nossas petições com fervor, devemos dizer: "Todavia, não se faça a minha vontade, mas a Tua". Lucas 22:42. Jesus acrescentou estas palavras de submissão à sabedoria e vontade de Deus, quando, no jardim de Getsêmani, rogava: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice". Mateus 26:39. Se elas eram apropriadas para Ele, o Filho de Deus, quanto mais adequadas são nos lábios dos finitos e errantes mortais! CI 312 3 A atitude coerente é expor nossos desejos a nosso sábio Pai celeste e então, em perfeita segurança, tudo dEle confiar. Sabemos que Deus nos ouve se pedimos em harmonia com a Sua vontade. Mas insistir em nossas petições sem um espírito submisso não é direito; nossas orações devem tomar a forma, não de uma ordem, mas de uma intercessão. CI 312 4 Há casos em que o Senhor opera decididamente por Seu divino poder na restauração da saúde. Mas nem todos os doentes são sarados. Muitos são postos a dormir em Jesus. João, na ilha de Patmos, foi mandado escrever: "Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam". Apocalipse 14:13. Vemos por aí que, se as pessoas não forem restituídas à saúde, não devem ser por isso consideradas sem fé. CI 312 5 Todos nós desejamos respostas imediatas e diretas às nossas orações, e somos tentados a ficar desanimados quando a resposta é retardada ou vem por uma maneira que não esperávamos. Mas Deus é demasiado sábio e bom para atender nossas petições sempre justamente ao tempo e pela maneira que desejamos. Ele fará mais e melhor por nós do que realizar sempre os nossos desejos. E como podemos confiar em Sua sabedoria e Seu amor, não devemos pedir que nos conceda a nossa vontade, mas buscar identificar-nos com Seu desígnio, e cumpri-lo. Nossos desejos e interesses devem-se fundir com Sua vontade. Estas experiências que provam a fé são para nosso bem. Por elas se manifesta se nossa fé é verdadeira e sincera, repousando unicamente na Palavra de Deus, ou se depende de circunstâncias, sendo incerta e instável. A fé é revigorada pelo exercício. Devemos permitir que a paciência tenha a sua obra perfeita, lembrando-nos de que há preciosas promessas nas Escrituras para aqueles que esperam no Senhor. CI 313 1 Nem todos compreendem esses princípios. Muitos dos que buscam as restauradoras graças do Senhor pensam que devem ter uma resposta direta e imediata a suas orações, ou se não sua fé é falha. Por essa razão os que estão enfraquecidos pela doença precisam ser sabiamente aconselhados, para que procedam prudentemente. Eles não devem desatender ao seu dever para com os amigos que lhes sobreviverem, nem negligenciar o emprego dos agentes naturais. CI 313 2 Há muitas vezes perigo de erro nisto. Crendo que hão de ser curados em resposta à oração, alguns temem fazer qualquer coisa que possa indicar falta de fé. Mas não devem negligenciar o pôr em ordem os seus negócios como desejariam se esperassem ser tirados pela morte. Nem também temer proferir palavras de ânimo ou de conselho que estimariam dirigir aos seus amados na hora da partida. CI 313 3 Os que buscam a cura pela oração não devem negligenciar o emprego de remédios ao seu alcance. Não é uma negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todo recurso para restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais. Tendo orado pelo restabelecimento do doente, podemos trabalhar com muito maior energia ainda, agradecendo a Deus o termos o privilégio de cooperar com Ele, e pedindo-Lhe a bênção sobre os meios por Ele próprio fornecidos. CI 313 4 Temos o apoio da Palavra de Deus quanto ao uso de remédios. Ezequias, rei de Israel, estava doente, e um profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que haveria de morrer. Ele clamou ao Senhor, e Este ouviu a Seu servo, e mandou-lhe dizer que lhe seriam acrescentados quinze anos de vida. Ora, uma palavra de Deus haveria curado instantaneamente a Ezequias; mas foram dadas indicações especiais: "Tomem uma pasta de figos e a ponham como emplasto sobre a chaga; e sarará". Isaías 38:21. [...] CI 313 5 Ao termos orado pela restauração de um enfermo, seja qual for o desenlace do caso, não percamos a fé em Deus. Se formos chamados a sofrer a perda, aceitemos o amargo cálice, lembrando-nos de que é a mão de um Pai que no-lo chega aos lábios. Mas, sendo a saúde restituída, não se deveria esquecer que o objeto da misericordiosa cura se acha sob renovada obrigação para com o Criador. Quando os dez leprosos foram purificados, apenas um voltou em busca de Jesus para dar-Lhe glória. Que nenhum de nós seja como os inconsiderados nove, cujo coração ficou insensível diante da misericórdia de Deus. "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação". Tiago 1:17. -- A Ciência do Bom Viver, 227-233. ------------------------Capítulo 55 -- A obra médica CI 315 1 A obra médico-missionária é a obra pioneira do evangelho, a porta através da qual deve a verdade para este tempo encontrar entrada em muitos lares. O povo de Deus deve ser verdadeiro médico-missionário, pois devem aprender a atender as necessidades tanto da alma como do corpo. Nossos obreiros devem demonstrar o mais genuíno desprendimento quando, com o conhecimento e a experiência adquiridos pelo trabalho prático, saírem para tratar os enfermos. Ao irem eles de casa em casa encontrarão acesso a muitos corações. Muitos que de outra maneira jamais teriam ouvido a mensagem do evangelho, serão alcançados. A demonstração dos princípios da reforma de saúde muito fará no sentido de afastar o preconceito contra nossa obra evangélica. O Grande Médico, o originador da obra médico-missionária, abençoará a todos os que assim se esforçarem para comunicar a verdade para este tempo. CI 315 2 A saúde física está intimamente ligada com a comissão evangélica. Quando Cristo enviou Seus discípulos em sua primeira viagem missionária, ordenou-lhes: "E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai". Mateus 10:7, 8. [...] CI 315 3 A comissão divina não necessita de nenhuma reforma. A maneira de Cristo pregar a verdade não pode ser aperfeiçoada. O Salvador deu lições práticas aos discípulos, ensinando-os a trabalharem de tal maneira que as almas se sentissem felizes na verdade. Ele simpatizava com os abatidos, os sobrecarregados, os oprimidos. Alimentava os famintos e curava os enfermos. Andava constantemente fazendo o bem. Por meio do bem que realizou, por Suas palavras amoráveis e atos de bondade, interpretou Ele o evangelho para os homens. [...] CI 315 4 A obra de Cristo em favor do homem não está terminada. Prossegue ainda hoje. De maneira semelhante devem os Seus embaixadores pregar o evangelho e revelar Seu compassivo amor em favor das almas perdidas e a perecer. Por meio de abnegado interesse por aqueles que necessitam de auxílio, devem eles dar uma demonstração prática da verdade do evangelho. Esta obra compreende muito mais do que pregar sermões. A evangelização do mundo é a obra que Deus confiou aos que saem em Seu nome. Eles devem ser colaboradores de Cristo, revelando aos que perecem o Seu terno e compassivo amor. Deus chama a milhares para trabalharem para Ele, não para pregar aos que já conhecem a verdade para este tempo, mas para advertir os que jamais ouviram a última mensagem de misericórdia. Trabalhai com o coração cheio de um ardente amor pelas almas. Realizai obra médico-missionária. Assim obtereis acesso ao coração das pessoas, e o caminho será preparado para uma proclamação mais decidida da verdade. -- Conselhos Sobre Saúde, 497-499. CI 316 1 Instituições devem ser estabelecidas -- Há muitos lugares que necessitam da obra evangélica médico-missionária. Devem-se fazer projetos nesses lugares. Deus deseja que os nossos hospitais constituam um meio de alcançar altos e baixos, ricos e pobres. Devem ser tão bem dirigidos, que por sua operação se desperte a atenção para a mensagem que Deus enviou ao mundo. -- Conselhos Sobre Saúde, 448. CI 316 2 O auxílio ao físico e ao espiritual devem misturar-se, levando os afligidos a confiar no poder do Médico celestial. Aqueles que, ao mesmo tempo que dando os tratamentos devidos também se dispõem a orar suplicando a graça restauradora de Cristo, inspirarão fé ao espírito dos pacientes. Sua própria conduta será uma inspiração aos que supunham ser o seu caso sem esperança. CI 316 3 Esta é a razão por que foram estabelecidos os nossos hospitais: dar coragem ao desesperançado mediante a união da oração da fé com o tratamento adequado, e instrução sobre o correto modo físico e espiritual de vida. Por meio de tal auxílio, muitos hão de ser convertidos. Os médicos em nossos hospitais devem dar a clara mensagem evangélica de cura para a alma. -- Medicina e Salvação, 248. CI 316 4 A obra pioneira do evangelho -- Se queremos elevar o padrão moral em qualquer país onde possamos ser chamados a ir, devemos começar corrigindo os seus hábitos físicos. -- Conselhos Sobre Saúde, 505. CI 316 5 A obra médico-missionária traz à humanidade o evangelho de libertação do sofrimento. É a obra pioneira do evangelho. É o evangelho praticado, a compaixão de Cristo revelada. Há grande necessidade desta obra, e o mundo está aberto para ela. Deus queira que a importância da obra médico-missionária seja compreendida, e que novos campos possam ser imediatamente penetrados. Então a obra do ministério será conforme a ordem do Senhor: os enfermos serão curados, e a pobre e sofredora humanidade será abençoada. -- Medicina e Salvação, 239. CI 316 6 Deparar-vos-eis com muito preconceito, uma grande medida de falso zelo e de falsa piedade; tanto em vossa pátria como nos campos estrangeiros, porém, encontrareis mais corações que Deus esteve preparando para a semente da verdade do que imaginais, e estes aclamarão com alegria a mensagem divina ao ser-lhes ela apresentada. -- Conselhos Sobre Saúde, 502. CI 316 7 A obra médico-missionária jamais foi-me apresentada de outro modo que não o de ter a mesma relação para com a obra como um todo, que tem o braço para o corpo. O ministério evangélico é uma organização para a proclamação da verdade e a promoção da obra pelos enfermos e os sãos. Este é o corpo, a obra médico-missionária o braço, e Cristo a cabeça sobre todos. Assim é que me tem sido apresentado o assunto. [...] CI 317 1 Iniciai a obra médico-missionária com os recursos que tiverdes à mão. Descobrireis que assim o caminho estará aberto para dardes estudos bíblicos. O Pai celestial vos colocará em associação com os que precisam saber como tratar os seus doentes. Ponde em prática o que sabeis a respeito de tratamento de enfermidades. Assim serão aliviados os sofredores, e tereis oportunidade de repartir o pão da vida com almas famintas. -- Medicina e Salvação, 237, 239. CI 317 2 Uma obra que deve unir a todos -- Os ministros do evangelho devem unir-se com a obra médico-missionária, a qual tem-me sido sempre apresentada como a obra que deve vencer preconceitos existentes em nosso mundo contra a verdade. [...] CI 317 3 O ministro do evangelho será duplamente bem-sucedido em seu trabalho se sabe como tratar enfermidades. [...] -- Medicina e Salvação, 241, 245. CI 317 4 Alcançar o povo exatamente onde estiver, seja qual for sua posição, não importando sua condição, e ajudá-lo de todo modo possível, é ministério evangélico. Pode ser necessário que os pastores vão ao lar das pessoas doentes, e digam: "Estou pronto a ajudar-vos, e farei o melhor que puder. Não sou médico, mas sou pastor, e estou pronto a servir em favor dos enfermos e aflitos." Os que estão enfermos do corpo, quase sempre estão doentes também da alma; e quando a alma está doente, o corpo fica doente. -- Medicina e Salvação, 238. CI 317 5 Não deve haver divisão entre o ministério e a obra médica. O médico deve trabalhar em igualdade com o pastor, e com igual fervor e inteireza para a salvação da alma, tanto quanto para a restauração do corpo. [...] Alguns, que não vêem a vantagem de educar os jovens para que sejam médicos tanto da mente como do corpo, dizem que o dízimo não deve ser usado para sustentar médicos-missionários, que dedicam o seu tempo ao tratamento de doentes. Em resposta a tais afirmações, sou instruída a dizer que a mente não deve tornar-se tão estreita que não possa apreender a verdade da situação. Um ministro do evangelho que seja também médico-missionário, que pode curar também enfermidades físicas, é um obreiro muito mais eficiente do que aquele que não o pode fazer. Sua obra como ministro do evangelho é muito mais completa. -- Medicina e Salvação, 237, 245. CI 317 6 O Senhor declarou que o médico educado há de ter entrada em nossas cidades, onde outros não a conseguiriam. Ensinai a mensagem da reforma de saúde. Isto terá influência junto do povo. -- Medicina e Salvação, 242. CI 317 7 A apresentação dos princípios da Bíblia por um médico inteligente terá grande peso para muitas pessoas. Há eficácia e poder naquele que pode combinar em sua influência a obra do médico e a do ministro do evangelho. Sua obra se recomenda ao bom discernimento das pessoas. -- Conselhos Sobre Saúde, 546. CI 318 1 Assim devem os nossos médicos trabalhar. Estão fazendo a obra do Senhor quando trabalham como evangelistas, dando instrução quanto à maneira em que a alma pode ser curada pelo Senhor Jesus. Todo médico deve saber orar com fé em favor do enfermo, bem como aplicar o tratamento apropriado. Ao mesmo tempo deve ele trabalhar como um dos ministros de Deus, ensinar o arrependimento, a conversão e a salvação da alma e do corpo. Essa combinação de trabalho lhe aumentará a experiência e ampliará grandemente a sua influência. -- Conselhos Sobre Saúde, 544. CI 318 2 Abrindo portas para a verdade -- Há muitos ramos da obra a serem levados avante pelos enfermeiros missionários. Há oportunidades para que enfermeiros bem instruídos vão aos lares e ali se esforcem para despertar algum interesse pela verdade. Em quase toda comunidade há grande número que não dará ouvidos aos ensinamentos da Palavra de Deus nem assistirá a quaisquer cultos. Se o evangelho deve alcançar a estes, deve ele ser levado aos seus lares. Muitas vezes o alívio de suas necessidades físicas é a única via de acesso pela qual se pode aproximar deles. Os enfermeiros missionários que cuidam dos enfermos e aliviam as dores dos pobres, encontrarão muitas oportunidades para orarem com eles, lerem para eles a Palavra de Deus e falar-lhes do Salvador. Podem eles orar com e pelas almas desajudadas que não têm força de vontade para dominar os apetites que a paixão degenerou. Podem levar um raio de esperança à vida dos vencidos e desanimados. A revelação do amor altruísta, manifestado em atos de desinteressada bondade, tornará mais fácil a esses sofredores crerem no amor de Cristo. -- Conselhos Sobre Saúde, 388. CI 318 3 Foi-me mostrado que a obra médico-missionária descobrirá, nas próprias profundezas da degradação, homens que outrora possuíam mentalidade culta, ricas aptidões, e que, mediante o trabalho adequado, serão salvos de seu estado decaído. A verdade tal qual é em Jesus, é que tem de ser apresentada ao espírito dos homens, depois de terem recebido compassivo cuidado e sido satisfeitas as suas necessidades físicas. O Espírito Santo está operando e cooperando com os instrumentos humanos que trabalham por essas almas, e alguns apreciarão poder apoiar sua fé religiosa numa rocha. -- Medicina e Salvação, 242. CI 318 4 A mão direita é utilizada para abrir portas pelas quais o corpo possa ter entrada. Esta é a parte que a obra médico-missionária deve desempenhar. Ela deve em grande medida preparar o caminho para a recepção da verdade para este tempo. Um corpo sem mãos é inútil. Dando-se honra ao corpo, deve dar-se honra também às mão ajudadoras, que são instrumentos de tal importância que sem elas o corpo não pode fazer nada. Portanto o corpo que trata indiferentemente a mão direita, recusando seu auxílio, não está habilitado a realizar nada. [...] CI 318 5 Viver o evangelho, manter os seus princípios -- eis um cheiro de vida para a vida. Portas que se têm fechado para aquele que meramente prega o evangelho, abrir-se-ão para o inteligente médico-missionário. Deus alcança os corações mediante o alívio dos sofrimentos físicos. Uma semente de verdade é depositada na mente, sendo regada por Deus. Muita paciência pode ser necessária antes que esta semente mostre sinais de vida, mas afinal brota, e produz fruto para a vida eterna. -- Medicina e Salvação, 238, 246. ------------------------Capítulo 56 -- Relações com pessoas que têm outros interesses CI 320 1 Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível. CI 320 2 Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião [...] puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E Ele nos ordena: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus". Mateus 5:16. -- Obreiros Evangélicos, 394. CI 320 3 A associação com os descrentes não nos causará dano se nos relacionarmos com eles no intuito de uni-los a Deus, e formos suficientemente fortes para evitar sua influência. CI 320 4 Cristo veio ao mundo para salvá-lo, para ligar o homem caído ao Deus Infinito. Os discípulos de Cristo devem ser canais de luz. Mantendo comunhão com Deus, devem transmitir àqueles que estão em trevas e erro especiais bênçãos celestes. Enoque não se contaminou com a iniqüidade prevalecente em seus dias. Por que ocorreria o contrário conosco hoje? Podemos, à semelhança de nosso Mestre, ter compaixão pela humanidade sofredora, piedade dos desafortunados e generosa consideração pelos sentimentos e necessidades dos indigentes, aflitos e desesperados. -- Testimonies for the Church 5:113. CI 320 5 Oro para que os meus irmãos reconheçam que a terceira mensagem angélica tem muita significação para nós, e que a observância do verdadeiro sábado se destina a ser o sinal que distingue os que servem a Deus dos que O não servem. Acordem os que ficaram sonolentos e indiferentes. CI 320 6 Somos convidados para ser santos, e devemos cuidadosamente evitar dar a impressão de que pouco importará o retermos ou não os traços distintivos de nossa fé. Sobre nós recai a solene obrigação de assumir atitude mais firme em prol da verdade e da justiça, do que fizemos no passado. A fronteira de demarcação entre os que guardam os mandamentos de Deus e os que não guardam deve ser revelada com clareza inequívoca. Devemos conscienciosamente honrar a Deus, usando diligentemente todos os meios para manter a relação de concerto com Ele, a fim de recebermos as Suas bênçãos -- bênçãos tão necessárias para quem irá ser provado com tamanha severidade. CI 321 1 Dar a impressão de que nossa fé, nossa religião, não é um poder dominante em nossa vida equivale a desonrar grandemente a Deus. Assim fazendo, desviamo-nos dos Seus mandamentos, que são a nossa vida, negando que Ele é o nosso Deus e nós o Seu povo. -- Testimonies for the Church 7:108, 109. CI 321 2 Falar em outras igrejas -- Talvez tenhais oportunidade de falar em outras igrejas. Aproveitando essas ocasiões, lembrai-vos das palavras do Salvador: "Portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas". Mateus 10:16. Não desperteis a malignidade do inimigo com denunciadores discursos. Fechareis assim as portas à verdade. Cumpre apresentar mensagens claras. Guardai-vos, no entanto, de suscitar antagonismo. Muitas almas há a salvar. Refreai toda expressão áspera. Na palavra como na ação, sede prudentes para a salvação, representando Cristo a todos com quem entrardes em contato. Fazei com que todos vejam que tendes os pés calçados com a preparação do evangelho da paz e da boa vontade para com os homens. Maravilhosos são os resultados que havemos de ver se entrarmos na obra imbuídos do Espírito de Cristo. Há de vir-nos auxilio em nossa necessidade, se levarmos avante a obra em justiça, misericórdia e amor. A verdade triunfará, e alcançará a vitória. -- Evangelismo, 563, 564. CI 321 3 Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus quer que eles sejam salvos. Como nós mesmos, eles só poderão obter a imortalidade mediante a fé e a obediência. Precisamos trabalhar diligentemente por eles, a fim de que a possam alcançar. Deus quer que eles tenham parte em Sua obra especial para este tempo. Quer que se achem entre os que estão dando o alimento a tempo a seu povo. Por que não se empenhariam eles nesta obra? Nossos pastores devem tentar se aproximar dos pastores de outras denominações. Orar por esses homens e com eles, por quem Cristo está fazendo intercessão. Pesa sobre eles solene responsabilidade. Como mensageiros de Cristo, cumpre-nos manifestar profundo e fervoroso interesse nesses pastores do rebanho. -- Testimonies for the Church 6:77, 78. CI 321 4 Nossos pastores devem fazer sua obra especial o trabalhar por pastores. Não devem entrar em polêmica com eles mas, com a Bíblia na mão, insistir com eles para que estudem a Palavra. Feito isto muitos pastores que agora pregam o erro hão de pregar a verdade para este tempo. -- Evangelismo, 562. ------------------------Capítulo 57 -- Relações com as autoridades CI 322 1 O apóstolo esboça com clareza a atitude que deveriam os crentes sustentar em relação às autoridades civis: "Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por Ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos; como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei". 1 Pedro 2:13-17. -- Atos dos Apóstolos, 522. CI 322 2 Temos homens que são colocados sobre nós como governadores, e leis para nos regerem. Não fosse por essas leis, e as condições do mundo seriam piores do que são agora. Algumas dessas leis são boas, outras más. Estas têm aumentado, e seremos ainda levados a situações apertadas. Mas Deus susterá o Seu povo para ser firme e viver à altura dos princípios de Sua Palavra. [...] CI 322 3 Vi que o nosso dever em cada caso é obedecer às leis de nossa pátria, a menos que se oponham às que Deus proferiu com voz audível do Monte Sinai, e depois, com o próprio dedo, gravou em pedra. "Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo". Hebreus 8:10. Quem tem a lei de Deus escrita no coração, obedecerá mais a Deus do que aos homens, e preferirá desobedecer a todos os homens a desviar-se um mínimo que seja dos mandamentos de Deus. O povo de Deus, ensinado pela inspiração da verdade, e guiado por uma consciência pura a viver segundo toda Palavra de Deus, terá a Sua lei, escrita no coração, como única autoridade que reconhece ou consente em obedecer. Supremas são a sabedoria e a autoridade da lei divina. -- Testimonies for the Church 1:201, 361. CI 322 4 O governo sob que Jesus viveu era corrupto e opressivo; clamavam de todo lado os abusos -- extorsões, intolerância e abusiva crueldade. Não obstante, o Salvador não tentou nenhuma reforma civil. Não atacou nenhum abuso nacional, nem condenou os inimigos da nação. Não interferiu com a autoridade nem com a administração dos que se achavam no poder. Aquele que foi o nosso exemplo, conservou-Se afastado dos governos terrestres. Não porque fosse indiferente às misérias do homem, mas porque o remédio não residia em medidas meramente humanas e externas. Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração. -- O Desejado de Todas as Nações, 509. CI 323 1 Por mais de uma vez Cristo foi solicitado a decidir questões políticas e jurídicas; mas recusava-Se a interferir em assuntos temporais. [...] Ele ocupava no mundo o lugar de Cabeça do grande reino espiritual para cujo estabelecimento aqui viera -- o reino da justiça. Seus ensinos tornaram claros os princípios enobrecedores e santificadores que regem Seu reino. Mostrou que a justiça, misericórdia e amor são as forças dominantes no reino de Jeová. -- Testimonies for the Church 9:218. CI 323 2 Os espias foram ter com Ele e, com aparente sinceridade, como desejando conhecer seu dever, disseram: "Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não?" Lucas 20:21, 22. [...] CI 323 3 A resposta de Cristo não foi uma evasiva, mas uma réplica sincera. Segurando a moeda romana sobre que se achavam inscritos o nome e a imagem de César, declarou que, uma vez que estavam vivendo sob a proteção do poder romano, deviam prestar àquele poder o apoio que lhes exigia, enquanto isso não estivesse em oposição a um mais elevado dever. [...] CI 323 4 Ao ouvirem os fariseus a resposta de Cristo, "maravilharam-se e, deixando-O, se retiraram". Mateus 22:22. Ele lhes censurara a hipocrisia e presunção e, assim fazendo, expressara um grande princípio, princípio que define claramente os limites do dever do homem para com o governo civil, e seu dever para com Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 601-603. CI 323 5 Prestar juramento -- Vi que alguns dos filhos de Deus têm cometido um erro no que respeita a prestar juramento, e Satanás se tem aproveitado disto para os oprimir, e deles tirar o dinheiro de seu Senhor. Vi que as palavras de nosso Senhor: "de maneira nenhuma jureis", não se referem ao juramento judicial. "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disto é de procedência maligna". Mateus 5:34, 37. Isto se refere a conversações comuns. Alguns exageram em sua linguagem. Outros juram pela própria vida; outros, pela sua cabeça -- tão certo como eles viverem; tão certo como terem cabeça. Uns tomam o Céu e a Terra como testemunhas de que tais coisas são assim. Outros ainda esperam que Deus lhes tire a existência se o que estão dizendo não é verdade. É contra esta espécie de juramento comum que Jesus adverte Seus discípulos. [...] CI 323 6 Vi que o Senhor tem ainda que ver com as leis do país. Enquanto Jesus está no santuário, o refreador Espírito de Deus é sentido por governantes e pelo povo. Mas Satanás domina em grande parte a massa do mundo, e não fossem as leis do país, experimentaríamos muito sofrimento. Foi-me mostrado que, quando é realmente necessário, e eles são chamados a testemunharem de modo legal, não é violação da Palavra de Deus que Seus filhos tomem solenemente a Deus para testemunhar de que o que dizem é verdade, e coisa alguma senão a verdade. [...] CI 324 1 Vi que, se existe na Terra alguém que possa coerentemente testemunhar sob juramento, esse é o cristão. Ele vive à luz do semblante de Deus. Ele se fortalece em Sua força. E quando questões de importância têm de ser resolvidas por lei, ninguém pode apelar para Deus com tanta justiça como o cristão. Ordenou-me o anjo que notasse que o próprio Deus jura por Si mesmo. Gênesis 22:16; Hebreus 6:13, 17. -- Testimonies for the Church 1:201-203. CI 324 2 Questões políticas -- Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticos, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas idéias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão. CI 324 3 O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloqüência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. [...] CI 324 4 Os que são genuinamente cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo. CI 324 5 Que devemos então fazer? -- Deixai os assuntos políticos em paz. [...] CI 324 6 Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. [...] CI 324 7 Os filhos de Deus têm de se separar da política [...] Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou escola idéias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. -- Obreiros Evangélicos, 391, 392, 395. CI 324 8 O perigo das declarações precipitadas -- Ensinemos o povo a conformar-se em todas as coisas com as leis de seu Estado, quando assim podem fazer sem entrar em conflito com a lei de Deus. -- Testimonies for the Church 9:238. CI 325 1 Alguns de nossos irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas como contrárias ao Governo e à lei. Está errado expor-nos dessa maneira a um mal-entendido geral. Não é procedimento sábio criticar continuamente os atos dos governantes. A nós não nos compete atacar indivíduos nem instituições. Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades civis. Certo é que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas devem ser as contidas num simples "Assim diz o Senhor". Nossa ocupação consiste em preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos desviar-nos para procedimentos que provoquem polêmica, ou suscitem oposição nos que não são da nossa fé. [...] CI 325 2 Tempo virá em que expressões descuidadas de caráter denunciante, displicentemente proferidas ou escritas pelos nossos irmãos, hão de ser usadas pelos nossos inimigos para nos condenarem. Não serão usadas simplesmente para condenar os que as proferiram, mas atribuídas a toda a comunidade adventista. Nossos acusadores dirão que em tal e tal dia um dos nossos homens responsáveis falou assim e assim contra a administração das leis desse governo. Muitos ficarão pasmos ao ver quantas coisas foram conservadas e lembradas, as quais servirão de prova para os argumentos dos nossos adversários. Muitos se surpreenderão de como foi atribuído às suas palavras um significado diferente do que era a sua intenção. Sejam nossos obreiros cuidadosos no falar, em todo tempo e sob quaisquer circunstâncias. Estejam todos precavidos para que, por meio de expressões imprudentes, não tragam sobre si um tempo de angústia antes da grande crise que provará os seres humanos. [...] CI 325 3 Devemos estar lembrados de que o mundo nos julgará pelo que aparentamos ser. Que os que buscam representar a Cristo exerçam o cuidado de não exibir traços incoerentes de caráter. Antes de assumirmos um lugar definido na linha de frente, certifiquemo-nos de que o Espírito Santo nos tenha sido concedido lá dos altos Céus. Quando isso acontecer, pregaremos uma mensagem definida, que será, porém, de espécie muito menos condenatória do que a de alguns; e os que crerem terão muito mais interesse na salvação de nossos oponentes. Deixemos inteiramente com Deus o assunto de condenar as autoridades e governos. Com humildade e amor, defendamos, como sentinelas fiéis, os princípios da verdade tal como é em Jesus. -- Testimonies for the Church 6:394, 395, 397. CI 325 4 Leis dominicais -- Poderes religiosos, supostamente aliados ao Céu, e declarando ter as características de um cordeiro, por seus atos mostrarão que têm coração de dragão, e são instigados e dominados por Satanás. Está chegando o tempo de o povo de Deus sentir a mão da perseguição. por santificar o sétimo dia. Satanás motivou a mudança do sábado na esperança de concretizar seu propósito, a derrota dos planos de Deus. Ele procura tornar os mandamentos de Deus menos importantes no mundo do que as leis humanas. O homem do pecado, que cuidou em mudar os tempos e a lei, e já oprimiu o povo de Deus, fará com que sejam promulgadas leis que imponham a observância do primeiro dia da semana. Mas o povo de Deus deve ficar firme a favor dEle. E o Senhor operará em Seu favor, mostrando claramente ser Ele o Deus dos deuses. [...] CI 326 1 A lei da observância do primeiro dia da semana é produto de um cristianismo apostatado. O domingo é filho do papado, entretanto exaltado pelo mundo cristão acima do sagrado dia de repouso de Deus. Em caso algum lhe deve o povo de Deus prestar homenagem. Mas desejo que compreendam que, se provocam oposição quando Deus deseja que a evitem, não estão cumprindo a Sua vontade. Desse modo despertam um preconceito tão implacável que será impossível proclamar a verdade. Não façamos, no domingo, demonstrações de desacato à lei. Se isso ocorrer num lugar, e formos humilhados, a mesma coisa poderá ocorrer noutro lugar. Podemos servir-nos do domingo para levar avante um trabalho que testifique de Cristo. Devemos fazer o melhor possível, trabalhando com toda a mansidão e humildade. -- Testimonies for the Church 9:229, 230, 235. CI 326 2 Se dedicarmos o domingo à atividade missionária, o chicote será arrebatado das mãos dos fanáticos arbitrários, que se teriam deleitado em humilhar os adventistas do sétimo dia. Ao verem que nos domingos, nos empenhamos em visitar o povo e abrir perante eles as Escrituras, reconhecerão que lhes é inútil procurar impedir nossa obra fazendo leis dominicais. CI 326 3 O domingo pode ser empregado para desenvolver vários ramos de trabalho que muito farão em proveito do Senhor. Podem ser realizadas nesse dia reuniões ao ar livre ou em casas de família. Pode se fazer trabalho de casa em casa. Os que escrevem, podem consagrar esse dia para redigir seus artigos. Realizem-se cultos religiosos no domingo, sempre que possível. Tornem-se essas reuniões vivamente interessantes. Cantem-se verdadeiros hinos de reavivamento, e fale-se com firmeza e poder do amor de Cristo. Fale-se acerca da temperança e da religião genuína. Desse modo aprenderemos muito acerca de como trabalhar, e alcançaremos a muitos. CI 326 4 Dediquem os professores em nossas escolas o domingo a trabalhos missionários. Fui instruída de que seriam assim capazes de derrotar os propósitos do inimigo. Tomem os professores consigo os estudantes, para realizarem reuniões em favor dos que não conhecem a verdade. Desse modo realizarão muito mais do que conseguiriam de outra maneira. [...] CI 326 5 Tem que ser dada ao povo a verdade, a verdade direta, positiva. Mas essa verdade deve ser apresentada no espírito de Cristo. Devemos ser como ovelhas no meio de lobos. Os que não querem, por amor de Cristo, observar as advertências por Ele dadas, e não querem exercer paciência nem domínio próprio, perderão preciosas oportunidades de trabalhar para o Mestre. O Senhor não deu ao Seu povo a obra de fazer críticas contra os que estão transgredindo Sua lei. Em caso nenhum devemos fazer ataques às outras igrejas. [...] CI 327 1 Devemos fazer todo o possível para remover o preconceito existente no espírito de muitos contra nossa obra e contra o sábado. -- Testimonies for the Church 9:232, 233, 236, 238. ------------------------Capítulo 58 -- A obra enganadora de Satanás CI 328 1 Vi anjos maus contendendo por pessoas, e anjos de Deus a resistirem-lhes. Difícil foi a luta. Os anjos maus estavam corrompendo a atmosfera com sua influência venenosa, e amontoando-se em torno dessas pessoas a fim de adormecer-lhes as sensibilidades. Santos anjos observavam ansiosamente e aguardavam para repelir o exército satânico. Não cabe, porém, aos anjos santos, o controlar a mente dos homens contra a sua vontade. Caso eles cedam ao inimigo, e não façam esforços para resistir-lhe, então os anjos de Deus pouco mais podem fazer do que restringir o exército de Satanás, para que não destrua, até que seja dada mais luz aos que estão em perigo, a fim de os mover a despertarem a volver-se para o Céu em busca de socorro. Jesus não comissionará os santos anjos a livrarem os que não fazem nenhum esforço para ajudarem a si mesmos. CI 328 2 Se Satanás vê que está em perigo de perder uma pessoa, ele se ativa ao máximo para conservá-la. E quando o indivíduo é despertado para o perigo em que se encontra, e aflita e fervorosamente busca forças em Jesus, o inimigo teme perder um cativo, e chama um reforço de seus anjos a fim de encurralarem a pobre pessoa, formando um muro de trevas em torno dela, de modo que a luz do Céu não chegue até onde ela está. Se, porém, a pessoa em perigo persevera, e em sua impotência se lança sobre os méritos do sangue de Cristo, nosso Salvador escuta a fervorosa oração da fé, e envia reforço daqueles anjos magníficos em poder, a fim de a libertar. CI 328 3 Satanás não suporta que se apele para seu poderoso rival, pois teme e treme diante de Sua força e majestade. Ao som da fervorosa oração todo o exército de Satanás treme. Ele continua a chamar legiões de anjos maus para conseguir seu fim. E quando os anjos todo-poderosos, revestidos com a armadura celeste, chegam em auxílio da fraca e perseguida pessoa, o inimigo e seus anjos recuam, sabendo muito bem que sua batalha está perdida. Os voluntários súditos de Satanás são fiéis, ativos e unidos no mesmo objetivo. E se bem que eles se odeiem e guerreiem uns aos outros, aproveitam toda oportunidade para promover o interesse comum. Mas o grande Comandante do Céu e da Terra limitou o poder de Satanás. -- Testimonies for the Church 1:345, 346. CI 329 1 O perigo de abandonar a proteção celestial -- Anjos de Deus preservarão Seu povo enquanto ele andar no caminho do dever; não há. porém, garantia dessa proteção para os que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás. Um instrumento do grande enganador dirá e fará qualquer coisa a fim de conseguir seu objetivo. Pouco importa se ele se chama um espiritualista, "médico eletroterapista", ou "curador pelo magnetismo". Mediante ilusórios pretextos, ele ganha a confiança dos ingênuos. Pretende ler a história da vida e compreender todas as dificuldades e aflições dos que a ele recorrem. Disfarçando-se em anjo de luz, ao passo que tem no coração a negrura do abismo, manifesta grande interesse em mulheres que lhe buscam o conselho. Diz-lhes que todas as suas tribulações provêm de um casamento infeliz. Isto pode ser bem verdade, mas tal conselheiro não lhes melhora a situação. Diz-lhes que elas necessitam de amor e simpatia. Simulando grande interesse em seu bem-estar, lança uma fascinação sobre suas vítimas desprevenidas, encantando-as como a serpente encanta o trêmulo passarinho. Em breve elas se acham inteiramente em seu poder; pecado, desonra e ruína, eis a terrível seqüência. CI 329 2 Esses obreiros da iniqüidade não são poucos. Sua esteira é assinalada por lares desolados, reputações arruinadas e corações partidos. De tudo isso, porém, mal sabe o mundo; e eles continuam ainda fazendo novas vítimas, e Satanás exulta na ruína por ele realizada. -- Testimonies for the Church 5:198. CI 329 3 "E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença. Mas o anjo do Senhor disse a Elias tesbita: Levanta-te, sobe para encontrar-te com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o Senhor: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás". 2 Reis 1:2-4. [...] CI 329 4 A história do pecado do rei Acazias e seu castigo encerra uma lição de advertência que ninguém pode desatender impunemente. Conquanto não rendamos homenagem a deuses pagãos, todavia milhares estão adorando no altar de Satanás, tão certo como o fez o rei de Israel. O mesmo espírito da idolatria pagã é hoje predominante, se bem que sob a influência da ciência e da educação tenha assumido mais fina e atrativa forma. Cada dia traz nova e dolorosa evidência de que a fé na firme Palavra da profecia está rapidamente decrescendo, e que em seu lugar a superstição e a feitiçaria satânicas estão cativando a mente das pessoas. Todos quantos não pesquisam diligentemente as Escrituras, e submetem todo desejo e desígnio da vida a essa infalível prova, todos quantos não buscam a Deus em oração pedindo o conhecimento de Sua vontade, hão de por certo desviar-se do caminho reto, e cair sob o engano de Satanás. [...] CI 330 1 Os hebreus eram a única nação favorecida com o conhecimento do Deus verdadeiro. Quando o rei de Israel mandou indagar de um oráculo pagão, proclamou aos pagãos que confiava mais nos ídolos deles do que no Deus de seu povo, o Criador dos Céus e da Terra. Da mesma maneira os que professam conhecer a Palavra de Deus O desonram, quando se voltam da Fonte da força e da sabedoria, para pedir conselhos aos poderes das trevas. Se a ira de Deus se acendeu por tal procedimento da parte de um rei ímpio, idólatra, como considerará Ele atitude semelhante quando seguida pelos que professam ser servos Seus? -- Testimonies for the Church 5:191, 192, 196. CI 330 2 Ninguém consegue servir a dois senhores -- Cristo nos apresenta aí dois senhores, Deus e o mundo, e mostra claramente que nos é simplesmente impossível servir a ambos. Se nosso interesse e amor pelo mundo predominam, não apreciamos as coisas que, acima de todas as outras, são dignas de nossa atenção. O amor do mundo excluirá o amor de Deus, fazendo com que nossos mais altos interesses sejam subordinados às considerações mundanas. Assim o Senhor não ocupa em nossa afeição e devoção o exaltado lugar tomado pelas coisas do mundo. [...] CI 330 3 Satanás trata com os homens mais cautelosamente do que o fez com Cristo no deserto da tentação, pois está apercebido por haver ali perdido a causa. É um inimigo vencido. Não vem ao homem diretamente, exigindo homenagem mediante um culto exterior. Pede-lhes simplesmente que se afeiçoem às boas coisas do mundo. Se for bem sucedido em atrair-lhes assim mente e afeições, as atrações celestes ficam eclipsadas. Tudo quanto ele quer dos homens é que lhe caiam sob o enganoso poder das tentações, para amarem o mundo, amarem a dignidade e a posição, amarem o dinheiro e afeiçoarem-se aos tesouros deste mundo. Isto feito, consegue tudo quanto pretendera de Cristo. -- Testimonies for the Church 3:478, 480. ------------------------Capítulo 59 -- O moderno disfarce luminoso de Satanás CI 331 1 A falsa ciência é um dos meios de que Satanás se serviu nas cortes celestiais, e dela se serve ainda hoje. As declarações falsas que fez aos anjos, suas sutis teorias científicas, seduziram muitos deles levando-os a romper sua lealdade. CI 331 2 Havendo perdido seu lugar no Céu, Satanás apresentou suas tentações aos nossos primeiros pais. Adão e Eva cederam ao inimigo, e por sua desobediência foi a humanidade separada de Deus, e a Terra separada do Céu. CI 331 3 Se Adão e Eva jamais houvessem tocado a árvore proibida, o Senhor lhes teria comunicado conhecimento -- conhecimento sobre o qual não repousava a maldição do pecado, conhecimento que lhes teria proporcionado alegria eterna. Tudo quanto ganharam por sua desobediência foi a familiarização com o pecado e suas conseqüências. CI 331 4 O campo para o qual Satanás levou nossos primeiros pais é o mesmo para o qual está a levando os homens hoje. Está a inundando o mundo com fábulas agradáveis. Por todas as astúcias ao seu alcance procura impedir os homens de obterem o conhecimento de Deus, que corresponde à salvação. -- Testimonies for the Church 8:290. CI 331 5 Quando o erro parece uma grande luz -- Vivemos em época de grande luz; mas muita coisa que é considerada como luz está abrindo o caminho para a sabedoria e as artimanhas de Satanás. Muitos fatos serão apresentados que parecerão verdadeiros, e contudo terão que ser ponderados cuidadosamente, com muita oração; pois podem ser sutis artifícios do inimigo. A senda do erro parece muitas vezes estar bem vizinha do caminho da verdade. Ela quase não é distinguível da verdade que leva à santidade e ao Céu. Mas a mente iluminada pelo Espírito Santo sabe discernir que essa senda diverge do caminho reto. Depois de algum tempo se vê que os dois se acham vastamente separados. [...] CI 331 6 A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a natureza, é um dos mais sutis artifícios de Satanás. Representa falsamente a Deus e é uma desonra para Sua grandeza e majestade. CI 331 7 As teorias panteístas não são apoiadas pela Palavra de Deus. A luz de Sua verdade mostra que essas doutrinas são meios destruidores de vidas. As trevas são o seu elemento; a sensualidade, a sua esfera. Satisfazem o coração natural, e favorecem a inclinação. A separação de Deus é o resultado de sua aceitação. CI 332 1 Nossa condição tornou-se, pelo pecado, sobrenatural, e o poder que nos restaura tem que ser sobrenatural, do contrário não terá valor. Há um só poder capaz de romper no coração do homem a força do mal, e esse é o poder de Deus em Jesus Cristo. Unicamente pelo sangue do Crucificado pode haver purificação do pecado. Sua graça, tão-somente, pode habilitar-nos a resistir às tendências de nossa natureza caída e sujeitá-las. A esse poder tornam sem efeito as teorias espiritistas acerca de Deus. Se Deus é uma essência que penetra toda a natureza, Ele então habita em todos os homens; e para alcançar a santidade, basta ao homem desenvolver a capacidade que tem em si mesmo. CI 332 2 Essas teorias, seguidas até à sua conclusão lógica, derribam toda a organização cristã. Removem a necessidade da expiação e fazem do homem o seu próprio salvador. Essas teorias a respeito de Deus tornam sem efeito a Sua Palavra, e os que as aceitam estão em grande perigo de ser afinal levados a considerar a Bíblia toda uma obra de ficção. Podem eles considerar a virtude melhor que o vício; mas sendo Deus removido de Sua posição de soberania, põem a confiança no poder humano, que, sem Deus, está destituído de valor. A vontade humana, desajudada, não tem real poder para resistir ao mal e vencê-lo. As fortalezas da alma acham-se derribadas. O homem não tem barreira que o proteja do pecado. Uma vez rejeitadas as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito, não sabemos a que profundezas pode o homem cair. CI 332 3 Os que continuarem a manter essas teorias espiritualistas hão de, sem dúvida, comprometer sua experiência cristã, cortar a ligação com Deus e perder a vida eterna. -- Testimonies for the Church 8:290-292. CI 332 4 Uma tentativa de enganar até os eleitos para a salvação -- Os que semeiam enganos acerca de Deus e da natureza, os que inundam o mundo com ceticismo, são inspirados pelo inimigo caído, que é também estudante da Bíblia, sabe qual a verdade essencial para o povo e empenha-se em distrair as mentes das grandes verdades destinadas a prepará-las para o que está prestes a sobrevir ao mundo. [...] CI 332 5 Depois de 1844, tivemos que enfrentar fanatismos de todas as espécies. Foram-me dados testemunhos de repreensão, que eu deveria apresentar a alguns que mantinham teorias espíritas. [...] CI 332 6 Os ensinos ímpios são seguidos de práticas pecaminosas. São a sedutora isca empregada pelo pai da mentira, e resultam na impenitência da impureza que se satisfaz consigo mesma. [...] CI 332 7 A experiência do passado há de repetir-se. No futuro, as superstições de Satanás assumirão novas formas. Erros serão apresentados de maneira agradável e lisonjeira. Falsas teorias, revestidas de trajes de luz. apresentar-se-ão ao povo de Deus. Assim procurará Satanás enganar, se possível, até os escolhidos. As mais sedutoras influências serão exercidas; mentes serão hipnotizadas. CI 333 1 Corrupções de toda sorte, semelhantes às que prevaleciam entre os antediluvianos, serão introduzidas para levar cativo o entendimento dos homens. A exaltação da natureza em lugar de Deus, a irrestrita licenciosidade da vontade humana, o conselho dos ímpios -- desses se serve Satanás para conseguir certos fins. Ele empregará o poder de uma mente sobre outra para realizar os seus desígnios. O pensamento mais triste de todos é o de que, sob a sua enganosa influência, os homens terão uma forma de piedade, sem ter verdadeira ligação com Deus. Como Adão e Eva, que comeram o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, muitos estão agora mesmo se alimentando com os enganosos bocados do erro. CI 333 2 Agentes satânicos estão vestindo teorias de roupagens atraentes, do mesmo modo que Satanás, no jardim do Éden, ocultou de nossos primeiros pais a sua identidade por intermédio da serpente. Esses agentes estão incutindo no espírito do homem isso que na realidade é erro mortífero. A influência hipnótica de Satanás repousará sobre os que se volvem da clara Palavra de Deus para fábulas agradáveis. CI 333 3 Os que receberam mais luz, é que Satanás busca mais assiduamente apanhar. Ele sabe que, se conseguir enganá-los, sob o seu domínio, eles revestirão o pecado com trajes de justiça, levando muitos a se desviarem. CI 333 4 Digo a todos: Estejam de sobreaviso, pois, como anjo de luz, Satanás está percorrendo todas as reuniões de obreiros cristãos, e em cada igreja procura ganhar para seu lado os membros. Tenho que dar ao povo de Deus a advertência: "Não erreis; Deus não Se deixa escarnecer". Gálatas 6:7. -- Testimonies for the Church 8:292-294. CI 333 5 Um plano de Satanás -- Por apegarem-se às leis da matéria e da natureza, muitos perdem de vista, ou até chegam a negar a intervenção contínua e direta de Deus. Insistem eles na idéia de que a natureza atua independentemente de Deus, tendo em si mesma a capacidade de atuar. Têm eles em mente uma distinção definida entre o natural e o sobrenatural. O natural é atribuído a causas comuns, sem ligação com o poder de Deus. O poder vital é atribuído à matéria, e a natureza é transformada num deus. Concebe-se que a matéria é colocada em certas relações e passa a agir segundo leis fixas, em que o próprio Deus não pode interferir; que a natureza está dotada de certas propriedades, e sujeita a leis [naturais], e age por si mesma para obedecer a essas leis, e realizar a obra que lhe foi originalmente atribuída. CI 333 6 Isso é ciência falsa; nada há na Palavra de Deus que a sustente. Deus não anula Suas leis, mas está continuamente operando por meio delas, usando-as como instrumentos Seus. Elas não atuam por conta própria. Deus está perpetuamente atuando na natureza. Ela é serva Sua, por Ele dirigida como Lhe apraz. Por sua atuação, a natureza testifica da presença inteligente e da intervenção ativa de um Ser que procede em todas as Suas obras em conformidade com Sua vontade. Não é por meio de uma condição original inerente à natureza que ano após ano a Terra produz as suas dádivas, e prossegue em sua marcha em redor do Sol. A mão do infinito poder está perpetuamente em atividade, guiando este planeta. É o poder de Deus, exercido momento a momento, que o mantém em posição na sua rotação. [...] CI 334 1 A estrutura do corpo humano não pode ser totalmente compreendida; apresenta ela mistérios que desconcertam os mais inteligentes. Não é como resultado de um mecanismo que, uma vez posto em movimento, continue a funcionar, que o pulso bate e respiração se segue a respiração. Em Deus vivemos, nos movemos e existimos. Cada respiração, cada batimento do coração constitui prova contínua do poder de um Deus onipresente. [...] CI 334 2 Homens da maior inteligência não podem compreender os mistérios de Jeová revelados na natureza. A divina inspiração formula muitas perguntas a que o sábio mais profundo não sabe responder. Essas perguntas não foram feitas para que ele a elas respondesse, mas para chamar-nos a atenção para os profundos mistérios de Deus, e ensinar-nos que limitada é a nossa sabedoria; que no ambiente de nossa vida diária muitas coisas existem além da compreensão das mentes finitas; que o discernimento e propósitos de Deus excedem a pesquisa. Sua sabedoria é inescrutável. [...] CI 334 3 A educação iniciada aqui não será completada nesta vida; prosseguirá através da eternidade -- progredindo sempre, nunca se completando. Dia a dia, as maravilhosas obras de Deus, as provas de Seu miraculoso poder ao criar e manter o Universo, abrir-se-ão ao espírito em nova beleza. À luz que procede do trono desaparecerão os mistérios, e a mente se encherá de assombro pela simplicidade das coisas que nunca antes compreendera. -- Testimonies for the Church 8:259-261, 328. CI 334 4 Advertência contra o sensacionalismo na religião -- Precisamos, no tempo atual, de homens espirituais na causa de Deus, homens que sejam firmes nos princípios e tenham compreensão clara da verdade. CI 334 5 Tenho sido instruída de que não é de doutrinas novas e fantasiosas que o povo precisa. Ele não necessitam de conjeturas humanas. Precisam do testemunho de homens que conhecem e praticam a verdade, homens que compreendam a ordem dada a Timóteo e lhe obedecem: "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério". 2 Timóteo 4:2-5. CI 335 1 Andem firme e decididamente, calçando os pés com a preparação do evangelho da paz. Podem estar certos de que a religião pura e imaculada não é uma religião sensacionalista. Deus não pôs sobre ninguém o encargo de estimular o apetite pelas doutrinas e teorias especulativas. Meus irmãos, não ensinem isso. Não permitam que tais coisas façam parte de sua experiência. Não seja por elas manchada a obra de sua vida. -- Testimonies for the Church 8:294, 295. CI 335 2 A necessidade de um reavivamento espiritual -- Sou instruída a dizer ao nosso povo: Sigamos a Cristo. Não nos esqueçamos de que Ele é quem deve ser em tudo o nosso modelo. Podemos com segurança rejeitar as idéias que não se encontram em Seus ensinos. Apelo para nossos pastores, para que se certifiquem de que tenham os pés firmados na plataforma da verdade eterna. Tenham o cuidado de que não seguir o impulso, imaginando que seja o Espírito Santo. Alguns há que estão em perigo nesse sentido. Incito-os a serem sãos na fé, capazes de dar a todo o que lha pedir, a razão da esperança que possuem. CI 335 3 O inimigo está procurando desviar o espírito de nossos irmãos e irmãs da obra de preparar um povo que subsista nestes últimos dias. Seus enganos destinam-se a desviar a mente dos perigos e deveres do momento. Avaliam em nada a luz que, por intermédio de João, Cristo deu ao Seu povo, para isso descendo do Céu. Ensinam que as cenas que estão justamente diante de nós não são de importância suficiente para merecer atenção especial. Tornam de nenhum efeito a verdade de origem celestial, roubam ao povo de Deus sua experiência passada, dando-lhes em seu lugar uma ciência falsa. CI 335 4 "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele". Jeremias 6:16. [...] CI 335 5 O Senhor pede a renovação do positivo testemunho apresentado em anos passados. Ele pede uma reforma da vida espiritual. As energias espirituais do Seu povo têm por muito tempo estado entorpecidas, mas deve haver um ressurgimento da morte aparente. CI 335 6 Pela oração e confissão do pecado, precisamos preparar o caminho do Rei. Ao fazermos isso, teremos o poder do Espírito. Precisamos da energia pentecostal. Ela virá; pois o Senhor prometeu enviar o Seu Espírito como o poder que vence. CI 335 7 Tempos perigosos estão à nossa frente. Quem possui o conhecimento da verdade deve despertar e colocar-se, corpo, alma e espírito, sob a disciplina de Deus. O inimigo está em nosso encalço. Precisamos estar bem despertos, em alerta contra ele. Precisamos revestir-nos de toda a armadura de Deus. Temos que seguir as direções dadas por meio do Espírito de Profecia. Temos que amar a verdade para este tempo e a ela obedecer. Isso nos guardará de aceitar fortes enganos. Deus nos falou por Sua Palavra. Falou-nos pelos testemunhos para a igreja, e pelos livros que têm ajudado a esclarecer o nosso dever presente bem como a posição que devemos ocupar agora. As advertências que têm sido dadas, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, devem ser aceitas. Se as menosprezarmos, que desculpa poderemos apresentar? CI 336 1 Rogo aos que estão trabalhando para Deus, que não aceitem o espúrio em lugar do genuíno. Não permitam que a razão humana seja posta onde deveria estar a verdade divina e santificadora. Cristo está aguardando oportunidade para acender fé e amor no coração dos Seus. Não recebam as teorias errôneas o apoio do povo que deve estar firme na plataforma da verdade eterna. Deus apela para nós, a fim de que nos mantenhamos fiéis aos princípios fundamentais que se baseiam sobre autoridade inquestionável. -- Testimonies for the Church 8:296-298. CI 336 2 Amar e conhecer a Palavra de Deus é o que traz segurança -- No coração de muitas pessoas que estão na verdade há muito tempo, entrou um espírito inflexível e afeito a julgar. São severos, críticos, murmuradores. Alçaram-se ao assento do juízo, para pronunciar as suas idéias. Deus lhes roga que daí desçam e se prostrem diante dEle em arrependimento, confessando os seus pecados. Ele lhes diz: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres". Apocalipse 2:4, 5. Estão-se empenhando por conseguir o primeiro lugar, e por suas palavras e atos ferem muitos corações. [...] CI 336 3 Cristo roga ao Seu povo que creia e pratique Sua palavra. Os que receberem e assimilarem essa palavra, tornando-a parte de cada ação, de cada atributo de caráter, hão de tornar-se fortes na força de Deus. Ver-se-á que sua fé é de origem celestial. Não se desgarrarão para veredas estranhas. Seu espírito não se volverá para uma religião de sentimentalismo e excitamento. Perante anjos e homens, permanecerão como os que têm caráter cristão forte e coerente. CI 336 4 No dourado incensário da verdade, apresentado nos ensinos de Cristo, temos aquilo que convence e converte as pessoas. Espalhem, na simplicidade de Cristo, as verdades para cuja proclamação veio Ele ao mundo, e o poder de sua mensagem será sentido. Não apresentem teorias ou provas que Cristo nunca mencionou e que não têm fundamento na Bíblia. Temos grandes e solenes verdades para apresentar. "Está escrito" (Mateus 4:4), é a prova que tem que ser colocada diante de cada pessoa. [...] CI 336 5 Recorramos à Palavra de Deus para que nos guie. Busquemos um "assim diz o Senhor". Basta de métodos humanos. A mente educada unicamente na ciência mundana não compreende as coisas de Deus; mas a mesma mente, convertida e santificada, verá na Palavra o poder divino. Só a mente e o coração purificados pela santificação do Espírito podem discernir as coisas celestiais. -- Testimonies for the Church 8:298-301. CI 337 1 É necessário render o coração ao poder do Espírito Santo -- Irmãos, em nome do Senhor lhes rogo que despertem e reconheçam seu dever. Renda-se seu coração ao poder do Espírito, e tornar-se-á sensível aos ensinamentos da Palavra. Então serão capazes de discernir as coisas profundas de Deus. [...] CI 337 2 O testemunho de Cristo, testemunho do mais solene caráter, deve ser apresentado ao mundo. Através de todo o livro do Apocalipse se encontram as mais preciosas e enobrecedoras promessas, assim como advertências da mais tremenda e solene importância. Não quererão os que professam possuir conhecimento da verdade ler o testemunho dado por Cristo a João? Não há aí meras conjeturas, nem enganos científicos. Há, sim, as verdades que dizem respeito a nosso bem-estar presente e futuro. Que valor tem a palha em relação ao trigo? [...] CI 337 3 O Senhor virá logo. Os vigias nos muros de Sião são instados a despertar e reconhecer a responsabilidade que Deus lhes confiou. Deus requer vigias que, no poder do Espírito, dêem ao mundo a última mensagem de advertência; que anunciem a hora da noite. Requer vigias que despertem os homens e mulheres de sua letargia, a fim de que não caiam no sono da morte. -- Testimonies for the Church 8:301, 302, 304. ------------------------Capítulo 60 -- Prodígios de mentira CI 338 1 Minha atenção foi dirigida a este texto, como se aplicando especialmente ao espiritualismo moderno: "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". Colossences 2:8. Milhares, foi-me mostrado, têm-se arruinado mediante a filosofia da frenologia e do magnetismo animal, sendo impelidos à infidelidade. Caso a mente comece a soltar-se neste sentido, é quase certo ela perder o seu equilíbrio e ser controlada por um demônio. "Vãs sutilezas" enchem a mente dos pobres mortais. Pensam que há em si mesmos tal poder para realizarem grandes obras, que não sentem nenhuma necessidade de um poder superior. Seus princípios e sua fé são "segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". Colossences 2:8. CI 338 2 Jesus não lhes ensinou tal filosofia. Coisa alguma dessa espécie se pode encontrar em Seus ensinos. Ele não encaminhou a mente dos pobres mortais para si mesmos, a um poder possuído por eles próprios. Estava sempre a dirigir-lhes o espírito para Deus, o Criador do Universo, como fonte de sua força e sabedoria. Especial advertência é feita no versículo 18: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão". Colossences 2:18. CI 338 3 Os mestres do espiritualismo aproximam-se de maneira agradável e fascinante para os iludirem, e caso lhes dêem ouvidos às fábulas, vocês serão seduzidos pelo inimigo da justiça, e perderão por certo sua recompensa. Uma vez que a fascinadora influência do arquienganador chegue a vencê-los, vocês estão envenenados, e sua mortífera influência adultera e destrói a sua fé em Cristo como o Filho de Deus, e vocês deixam de confiar nos méritos de Seu sangue. Os que são enganados por esta filosofia, são iludidos quanto a sua recompensa, por meio dos enganos de Satanás. Confiam nos próprios méritos, exercem voluntária humildade, estão mesmo dispostos a fazer sacrifícios e rebaixam-se, e subordinam a mente à crença do supremo absurdo, recebendo as mais absurdas idéias por intermédio daqueles que acreditam ser seus queridos mortos. De tal forma lhes cegou Satanás os olhos e lhes perverteu o discernimento, que não percebem o mal; e seguem as instruções supondo serem de seus amados mortos, agora feitos anjos em uma esfera superior. -- Testimonies for the Church 1:297, 298. CI 339 1 Foi-me mostrado que temos de ser guardados de todos os lados e perseverantemente resistir às insinuações e astúcias de Satanás. Ele se "transfigura em anjo de luz" (2 Coríntios 11:14) e está enganando milhares, levando-os cativos. A vantagem que ele aproveita da ciência da mente humana é tremenda. Aqui, qual serpente, ele imperceptivelmente se introduz para corromper a obra de Deus. Os milagres e obras de Cristo ele quer fazer aparecer como resultado da habilidade e poder humanos. Se fizesse um aberto e ousado ataque ao cristianismo, isto poria os cristãos em apuros e angústia aos pés de seu Redentor, e o forte e poderoso libertador poria em fuga o ousado adversário. Ele, portanto, transforma-se em anjo de luz e atua sobre a mente, para afastar do único caminho seguro e justo. As ciências da frenologia, psicologia e mesmerismo são os condutos pelos quais ele chega mais diretamente a esta geração e atua com esse poder que deve caracterizar seus esforços próximo do fim do tempo de graça. -- Testimonies for the Church 1:290. CI 339 2 O perigoso controle da mente -- Não se deve permitir que nenhum indivíduo assuma o controle da mente de outra pessoa, pensando que, em assim fazendo, está contribuindo para que ela receba grande benefício. A cura mental é um dos enganos mais perigosos que podem ser exercidos em qualquer indivíduo. Poderá ser sentido alívio temporário, mas a mente da pessoa assim controlada jamais será tão forte e segura. Podemos ser tão fracos como o era a mulher que tocou a orla do manto de Cristo; contudo, se usarmos a oportunidade que Deus nos dá de ir a Ele com fé, Ele responderá tão prontamente como fez àquele toque da fé. CI 339 3 Não é desígnio de Deus que qualquer ser humano entregue sua mente a outro ser humano. O Cristo ressurgido, que está agora sentado no trono à direita do Pai, é o Poderoso Restaurador. Suplicai-Lhe o poder restaurador. Somente por meio dEle podem os pecadores ir a Deus como estão. Jamais podem eles ir por meio de qualquer mente humana. O instrumento humano jamais deve interpor-se entre os instrumentos celestiais e os que estão sofrendo. CI 339 4 Todos devem estar em posição de cooperar com Deus dirigindo a mente de outros para Ele. Falai-lhes da graça e do poder dAquele que é o maior Médico que o mundo já conheceu. [...] CI 339 5 Não pedimos que vos coloqueis sob o controle de qualquer mente humana. A cura mental é a ciência mais terrível que já foi defendida. Cada ser maldoso pode utilizá-la para executar seus próprios intentos. Não temos nada que ver com tal ciência. Devemos ter medo dela. Jamais devem os mais rudimentares princípios dela ser introduzidos em qualquer instituição. -- Medicina e Salvação, 115, 116. CI 339 6 A negligência da oração leva os homens a confiar em sua própria força, e abre a porta à tentação. Em muitos casos a imaginação é cativada por pesquisas científicas, e os homens se lisonjeiam mediante a consciência de suas próprias faculdades. As ciências que tratam da mente humana são muito exaltadas. Elas são boas em seu devido lugar; mas Satanás delas se apodera como poderosos instrumentos seus para enganar e destruir as almas. Suas artes são aceitas como vindas do Céu, e ele recebe assim o culto que lhe convém. O mundo, que se julga ser tão beneficiado pela frenologia e o magnetismo animal, nunca foi tão corrupto como agora. Por meio dessas ciências é destruída a virtude, e são lançadas as bases do espiritualismo. -- Mensagens Escolhidas 2:352. CI 340 1 Magia e superstição -- Queimando seus livros sobre magia, os conversos efésios mostravam que aquilo em que antes se deleitavam abominavam agora. Foi por praticarem artes mágicas, e por meio delas, que haviam especialmente ofendido a Deus e posto em perigo sua alma; e foi contra as artes mágicas que mostraram tal indignação. Assim deram prova de verdadeira conversão. [...] CI 340 2 Supõe-se lisonjeiramente que as superstições pagãs tenham desaparecido diante da civilização do século vinte. Mas a Palavra de Deus e o severo testemunho dos fatos declaram que a feitiçaria é praticada neste século tanto quanto o foi nos velhos tempos da magia. O antigo sistema de magia é, na realidade, o mesmo agora conhecido como moderno espiritualismo. Satanás está encontrando acesso a milhares de mentes por apresentar-se sob o disfarce de amigos já falecidos. As Escrituras declaram que "os mortos não sabem coisa nenhuma". Eclesiastes 9:5. Seus pensamentos, amor e ódio já pereceram. Os mortos não mantêm comunhão com os vivos. Mas seguro de sua antiga astúcia, Satanás emprega este engano para obter o controle das mentes. CI 340 3 Através do espiritualismo, muitos enfermos, desolados, curiosos se estão comunicando com os espíritos do mal. Todos os que se aventuram a isto estão pisando solo perigoso. A Palavra da verdade declara a maneira como Deus os considera. Nos tempos antigos Ele pronunciou um severo juízo contra um rei que havia buscado conselho de um oráculo pagão: "Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o Senhor: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás". 2 Reis 1:3, 4. Os mágicos dos tempos pagãos têm seu correspondente nos médiuns espiritistas, nos videntes e nos cartomantes de hoje. As vozes misteriosas que falaram em En-Dor e em Éfeso ainda estão por suas palavras mentirosas desviando os filhos dos homens. Se fosse erguido o véu que está diante de nossos olhos, veríamos anjos maus empregando todas as suas artes para enganar e destruir. Onde quer que uma influência esteja afastando os homens de Deus, ali está Satanás exercendo seu poder de feitiçaria. Quando os homens se rendem a sua influência, antes de se darem conta a mente está desviada e a alma poluída. A admoestação do apóstolo à igreja de Éfeso devia ser ouvida pelo povo de Deus hoje: "E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as". Efésios 5:11. -- Atos dos Apóstolos, 288-290. CI 341 1 A oração da fé -- Caso nos fossem abertos os olhos para ver os anjos maus em atuação junto dos que se sentem à vontade e se consideram seguros, não nos sentiríamos tão em segurança. Os anjos maus estão em nosso encalço a cada momento. Da parte dos homens ímpios esperamos prontidão para agir segundo as sugestões de Satanás; mas, quando temos o espírito desapercebido contra seus invisíveis agentes, eles ocupam novo território, e realizam maravilhas e milagres a nossa vista. Estamos nós preparados para resistir-lhes pela Palavra de Deus, a única arma com que podemos ser bem-sucedidos? CI 341 2 Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de Deus. Enfermos serão curados a nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? Não serão muitas pessoas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, o espírito de muitos se está preparando para receber esses prodígios de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo apoiado pela oração e posto em prática, será nossa proteção contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo. -- Testimonies for the Church 1:302. ------------------------Capítulo 61 -- A crise vindoura CI 342 1 Ao tornar-se mais claro o desrespeito à lei de Deus, torna-se mais distinta a linha de demarcação entre seus observadores e o mundo. O amor aos preceitos divinos aumenta da parte de algumas pessoas, ao mesmo tempo que aumenta o desprezo por parte de outras pessoas. A crise está se aproximando rapidamente. Os acontecimentos rapidamente se intensificam demonstrando que o tempo do castigo divino se aproxima. Conquanto Lhe repugne punir, não obstante castigará, e rapidamente. [...] CI 342 2 O dia da vingança de Deus está precisamente diante de nós. O selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. Aqueles que se ligam ao mundo por laços de simpatia, estão comendo e bebendo com os ébrios e certamente serão destruídos com os que praticam a iniqüidade. "Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males". 1 Pedro 3:12. CI 342 3 Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. Já algumas gotas da ira de Deus caíram sobre a Terra; quando, porém, as sete últimas pragas forem derramadas sem mistura no cálice de Sua indignação, então para sempre será demasiado tarde para o arrependimento e procura de um abrigo. Nenhum sangue expiatório lavará então as manchas do pecado. [...] CI 342 4 Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes. Aqueles que estiveram tão familiarizados com as profecias e com os tesouros da sabedoria divina, deveriam ter agido de conformidade com sua fé. Deveriam ter dirigido sua casa segundo os mesmos princípios, para que por meio de uma família bem ordenada pudessem apresentar ao mundo a influência da verdade no coração humano. CI 342 5 Por sua falta de consagração e piedade, e por deixarem de alcançar uma norma religiosa elevada, levam outros a contentarem-se com sua posição. Homens de juízo finito não podem ver que, imitando esses homens que tantas vezes lhes abriram os tesouros da Palavra de Deus, certamente hão de pôr em perigo sua salvação. Jesus é o único modelo verdadeiro. Cada qual tem de agora estudar a Bíblia por si mesmo, de joelhos perante Deus, com o coração humilde e dócil de uma criança, se quiser saber o que é que o Senhor dele requer. Por muito alto que qualquer pastor tenha estado no favor de Deus, se negligenciar seguir a luz que lhe é dada por Deus, se se recusar a ser ensinado como uma criancinha, entrará em trevas e enganos satânicos, e levará outros para o mesmo caminho. CI 343 1 Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecostes. [...] CI 343 2 Ninguém necessita dizer que não há esperança para o seu caso, e que não pode viver a vida de cristão. Mediante a morte de Cristo, amplas providências foram tomadas em favor de cada pessoa. Jesus é o nosso auxílio sempre presente em tempo de necessidade. Tão-somente O invoque com fé, e Ele prometeu ouvir e atender suas petições. CI 343 3 Sim, fé viva e eficaz! Dela necessitamos; devemos possuí-la, ou desfaleceremos e fracassaremos no dia da prova. As trevas que hão de cair em nosso caminho não deverão desanimar-nos nem levar-nos ao desespero. É o véu com que Deus cobre Sua glória, ao vir Ele para comunicar Suas ricas bênçãos. Deveríamos saber isso por nossa experiência passada. No dia em que Deus tiver uma contenda com o Seu povo, essa experiência será uma fonte de conforto e esperança. CI 343 4 É agora que devemos conservar-nos e a nossos filhos incontaminados do mundo. É agora que devemos lavar as vestes de nosso caráter, tornando-as alvas no sangue do Cordeiro. Agora é que devemos vencer o orgulho, as paixões, e a indolência espiritual. Agora e que devemos despertar e fazer decididos esforços para dar simetria ao nosso caráter. "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração". Hebreus 4:7. [...] CI 343 5 Agora é o tempo de preparar-nos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus -- candidatos para o Céu. Pesquisem as Escrituras por vocês mesmos, para que possam compreender a terrível solenidade do tempo presente. -- Testimonies for the Church 5:209, 212-216. CI 344 6 A controvérsia envolvendo o sábado -- A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que o mundo inteiro há de ser envolvido. Os homens exaltaram os princípios do diabo acima dos que regem nos Céus. Aceitaram o sábado espúrio instituído por Satanás como o sinal de sua autoridade. Entretanto, Deus imprimiu o Seu selo ao Seu estatuto real. Cada instituição sabática traz o nome de Seu Autor, a marca indestrutível que revela Sua autoridade. Nossa missão é levar o povo a compreender isso. Devemos mostrar-lhe no que importa trazer o sinal do reino de Deus ou do reino da rebelião, porque cada qual se reconhece súdito do reino cujo distintivo aceita. Deus nos chamou para desfraldar o estandarte do Seu sábado, que está sendo calcado a pés. Isso é muito importante, portanto, que o nosso exemplo de guardar o sábado seja correto! -- Testimonies for the Church 6:352, 353. CI 344 1 O mesmo espírito despótico que noutras eras tramou contra os fiéis há de tentar extirpar da face da Terra os que temem a Deus e obedecem à Sua lei. Satanás há de incitar a indignação contra uma minoria que conscienciosamente se recusa a aceitar costumes e tradições populares. Homens de destaque e reputação hão de associar-se aos maus e aos que são adversos à lei, a fim de tomarem conselho contra o povo de Deus. A riqueza, o talento e a educação hão de aliar-se a fim de cobri-los de ignomínia. Juízes perseguidores, pastores e membros de igreja, hão de conspirar contra eles. De viva voz e com a pena, com ameaça, escárnio e zombaria, hão de tentar derrotar a sua fé. Desvirtuando os fatos e por meio de apelos violentos hão de procurar instigar as paixões do povo. Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um "está escrito", à falta deste, lançarão mão da violência. A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais. Os tementes a Deus, entretanto, não podem aceitar uma instituição que viola um dos preceitos do decálogo. Nesse campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a verdade e o erro. E não somos deixados na dúvida sobre o desenlace dessa batalha. Então, como nos dias de Mardoqueu, o Senhor vindicará Seu povo e Sua verdade. -- Testimonies for the Church 5:450, 451. CI 344 2 Preparados para enfrentar a tempestade -- Deus revelou o que deve acontecer nos últimos dias, para que Seu povo possa estar preparado para enfrentar a tempestade da oposição e da ira. Aqueles que têm sido advertidos dos acontecimentos futuros não devem cruzar os braços numa calma expectativa da tormenta que se anuncia, consolando-se com a idéia de que o Senhor há de proteger os fiéis no dia da calamidade. Devemos ser como os servos que esperam seu Senhor, não nos abandonando a uma expectativa ociosa, mas trabalhando diligentemente com fé inabalável. Não é tempo agora de ocuparmos a mente com coisas de menor importância. Enquanto os homens dormem, Satanás está ativamente ordenando as coisas de modo que o povo de Deus fique privado da graça e da justiça. O movimento dominical está agora preparando o caminho na sombra. Seus dirigentes ocultam seu legítimo intento e muitos dos que a ele aderem ignoram para onde os leva a corrente. Os intuitos professados são de índole branda e aparência cristã, mas sua fala há de revelar o espírito do dragão. [...] CI 345 1 Diz o salmista: "A cólera do homem redundará em Teu louvor, e o restante da cólera Tu o restringirás". Salmos 76:10. Deus quer que a verdade probante seja colocada em primeiro plano, tornando-se assim um objeto de estudo e exame, malgrado o desprezo que muitos lhe votem. O espírito do povo precisa ser agitado. Cada contestação, cada censura, cada calúnia será um meio nas mãos de Deus para provocar curiosidade e despertar os espíritos que, de outro modo, continuariam adormecidos. [...] CI 345 2 Nós como um povo não temos cumprido a obra que Deus nos confiou. Não estamos preparados para o desfecho ao qual nos levará a imposição da lei dominical. É nosso dever, ao vermos os sinais do perigo que se aproxima, despertar-nos para a ação. Que ninguém se assente em calma expectativa do mal, confortando-se com a crença de que esta obra terá de prosseguir porque a profecia o predisse, e que o Senhor guardará o Seu povo. Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. Fervente e eficaz oração deve ascender ao Céu para que essa calamidade seja adiada até que possamos realizar a obra por tanto tempo negligenciada. Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações. Pode parecer que Satanás esteja triunfando e que a verdade seja abatida pela falsidade e o erro. [...] Mas Deus deseja que recordemos Seu trato com Seu povo no passado, para salvá-lo dos inimigos. Ele sempre tem escolhido extremidades, ocasiões em que parecia não haver possibilidade de libertamento das operações de Satanás, para a manifestação de Seu poder. A necessidade do homem é a oportunidade de Deus. [...] CI 345 3 Meus irmãos, estamos nós reconhecendo que nossa própria salvação, assim como o destino de outras pessoas, depende do preparo que agora fazemos para a prova que se aproxima? Estamos demonstrando aquela intensidade de zelo, aquela piedade e devoção, que nos habilitarão a subsistir quando se manifestar a oposição contra nós? Se Deus já falou por mim, virá o tempo em que seremos levados perante conselhos, e cada aspecto da verdade que mantemos será criticado severamente. O tempo que tantos estão deixando passar desperdiçado deveria ser dedicado ao encargo que Deus nos deu de preparar-nos para a crise que se aproxima. -- Testimonies for the Church 5:452, 453, 713, 714, 716, 717. CI 345 4 O juízo -- Estamos perto do final dos tempos. Foi-me mostrado que os juízos de Deus já estão caindo sobre a Terra. O Senhor nos advertiu quanto aos acontecimentos que estão prestes a ocorrer. Luz irradia de Sua Palavra, contudo as trevas cobrem a Terra e densa escuridão os povos. "Quando disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá repentina destruição [...] e de modo nenhum escaparão". 1 Tessalonicenses 5:3. -- Testimonies for the Church 5:99. CI 345 5 O Senhor está removendo da Terra Suas restrições, e logo haverá morte e destruição, crime cada vez mais dominante, e maldosos e cruéis movimentos contra os ricos que se exaltaram contra os pobres. Os que estiverem sem a proteção de Deus não encontrarão segurança em lugar ou situação alguma. Agentes humanos estão sendo preparados e estão usando seu poder inventivo a fim de por em operação as mais poderosas máquinas para ferir e matar. -- Testimonies for the Church 8:50. CI 346 1 Os juízos de Deus estão na Terra. As guerras e rumores de guerra, as destruições pelo fogo e inundações, dizem claramente que o tempo de angústia, que aumentará até o fim, está às portas. -- Beneficência Social, 136. CI 346 2 Logo sérios conflitos surgirão entre as nações -- conflitos que não cessarão até que Jesus venha. Como nunca antes, precisamos unir-nos, servindo Aquele que preparou o Seu trono no Céu e cujo reino domina sobre todos. Deus não abandonou o Seu povo, e nossa força consiste em não abandoná-Lo. -- Beneficência Social, 136. ------------------------Capítulo 62 -- O tempo da provação CI 347 1 O apóstolo exorta os irmãos dizendo: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes. [...] no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes". Efésios 6:10-13. Oh, que dia está diante de nós! Que sacudidura haverá entre os que se dizem filhos de Deus! O injusto encontrar-se-á entre o justo. Os que têm grande luz e nela não têm andado, terão trevas correspondentes à luz que desprezaram. Necessitamos atender a lição contida nas palavras de Paulo: "Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado". 1 Coríntios 9:27. O inimigo está trabalhando diligentemente para ver quem poderá acrescentar às fileiras da apostasia; mas o Senhor logo virá, e muito breve cada caso será decidido para a eternidade. Aqueles cujas obras correspondem à luz que graciosamente lhes for dada, serão contados do lado do Senhor. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 163. CI 347 2 Os dias de purificação da igreja estão chegando rapidamente. Deus terá um povo puro e fiel. No grande peneiramento prestes a acontecer, seremos melhor capacitados a medir a força de Israel. Os sinais revelam que o tempo está próximo, quando o Senhor mostrará que a ferramenta está em Sua mão e que Ele limpará completamente a eira. -- Testimonies for the Church 5:80. CI 347 3 Vitória para quem busca o livramento -- Foi-me mostrado o povo de Deus, e vi-o fortemente sacudido. Alguns, com viva fé e agonizantes brados, pleiteavam com Deus. [...] CI 347 4 Vi que alguns não participavam dessa obra de súplica intensa. Pareciam indiferentes e descuidosos. Não resistiam às trevas que os rodeavam, e os envolviam qual densa nuvem. Os anjos de Deus deixaram-nos, e vi-os apressar-se em auxílio dos que lutavam com todas as energias para resistir aos anjos maus, procurando ajudar-se a si mesmos invocando perseverantemente a Deus. Mas os anjos abandonaram os que não se esforçavam por ajudar-se a si mesmos, e perdi-os de vista. Enquanto os que oravam prosseguiram em seus clamores fervorosos, um raio de luz, provindo de Jesus, sobre eles incidia de quando em quando, a fim de os encorajar, e iluminar-lhes o semblante. CI 347 5 Perguntei qual o sentido da sacudidura que eu acabava de presenciar e foi-me mostrado que fora causada pelo positivo testemunho motivado pelo conselho da Testemunha fiel, aos laodiceanos. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o coração do que o recebe, levando-o a exaltar a norma e declarar a positiva verdade. Alguns não suportarão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará uma sacudidura entre os filhos de Deus. CI 348 1 O testemunho da Testemunha fiel não foi atendido nem pela metade. O solene testemunho do qual depende o destino da igreja foi subestimado, se não rejeitado por completo. Esse testemunho tem que realizar arrependimento profundo, e todos os que de fato o receberem, obedecer-lhe-ão e serão purificados. CI 348 2 Disse o anjo: "Escute!" Logo ouvi uma voz que soava como muitos instrumentos de música, todos em acordes perfeitos, suaves e harmoniosos. Ultrapassava a qualquer música que eu já ouvira. Parecia plena de misericórdia, compaixão, e regozijo santo e enobrecedor. Atravessou-me todo o ser. Disse o anjo: "Olhe!" Minha atenção foi então dirigida para o grupo que eu vira, e que fora fortemente abalado. Foram-me mostrados os que eu antes vira a chorar e orar em agonia de espírito. O grupo de anjos da guarda em volta deles fora duplicado e achavam-se revestidos de uma armadura, da cabeça aos pés. Moviam-se em rigorosa ordem, firmes como um batalhão de soldados. Seu semblante exprimia o árduo conflito que haviam suportado, a difícil luta que atravessaram. Contudo sua fisionomia, assinalada por severa angústia íntima, resplandecia agora com a luz e glória do Céu. Haviam alcançado a vitória, e esta lhes trazia a mais profunda gratidão, e santo e nobre regozijo. CI 348 3 Diminuíra o número das pessoas que compunham esse grupo. Alguns, pela sacudidura, foram lançados fora, ficando à beira do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam aos que haviam prezado a vitória e salvação o bastante para a suplicar com insistência, não a alcançaram, sendo deixados atrás, em trevas. Seu número, porém foi imediatamente preenchido por outros que aceitavam a verdade e cerravam fileiras. Ainda os anjos maus se lhes aglomeravam em torno, mas sobre eles não tinham poder. CI 348 4 Ouvi os que se achavam revestidos da armadura proclamarem a verdade com grande poder. Isso surtiu efeito. Vi os que haviam estado presos -- algumas esposas haviam estado presas aos maridos, e alguns filhos aos pais. Os sinceros que haviam sido detidos ou impedidos de ouvirem a verdade, agora dela se apoderavam ansiosamente. Desaparecera todo temor que tinham dos parentes. Para eles, unicamente a verdade era exaltada. Era-lhes mais querida e preciosa do que a vida. Tinham dela estado famintos e sedentos. Perguntei pela causa dessa grande mudança. Um anjo respondeu: "É a chuva serôdia, o 'refrigério pela presença do Senhor' (Atos dos Apóstolos 3:19), o alto clamor do terceiro anjo." CI 348 5 Grande poder acompanhava esses escolhidos. Disse o anjo: "Olhe!" Foi-me chamada a atenção para os ímpios, ou incrédulos. Estavam todos agitados. O zelo e poder do povo de Deus os haviam despertado e enraivecido. Confusão, confusão mostrava-se por toda parte. Vi que eram tomadas medidas contra esse grupo, que possuía o poder e a luz de Deus. Trevas adensavam-se-lhes em torno, e no entanto ali se achavam, aprovados por Deus e nEle confiantes. Vi-os perplexos. A seguir, ouvi-os clamarem fervorosamente ao Senhor. Através do dia e da noite seu clamor não cessava.* Ouvi as palavras: "Tua vontade, ó Deus, seja feita! Se for para a glória do Teu nome, abre um caminho de escape para o Teu povo! Livra-nos dos ímpios que nos rodeiam! Eles nos destinaram à morte; Teu braço, porém, pode efetuar a salvação." Essas são as palavras de que me recordo. Todos pareciam ter intuição profunda de sua indignidade e manifestavam inteira submissão à vontade de Deus. Entretanto, como Jacó, cada qual, sem uma única exceção, suplicava fervorosamente e pleiteava o livramento. CI 349 1 Logo depois de haverem começado seu fervoroso clamor, os anjos, compassivos, desejavam acudir em seu livramento. Mas um anjo alto e majestoso não lho permitiu. Disse ele: "A vontade de Deus não se cumpriu ainda. Eles devem beber a taça. Devem ser batizados com o batismo." CI 349 2 Logo ouvi a voz de Deus, que abalou Céus e Terra. Houve grande terremoto. Edifícios ruíram por todos os lados. Ouvi então um triunfante brado de vitória, alto, harmonioso e claro. Contemplei aquele grupo que, pouco tempo antes, estivera em aflição e cativeiro. Seu cativeiro fora mudado. Jó 42:10. Uma luz resplandecente brilhava sobre eles. Como pareceram formosos então! Haviam desaparecido toda fadiga e sinais de ansiedade; saúde e beleza viam-se em todos os semblantes. Seus inimigos, os gentios que os cercavam, caíram por terra, como mortos. Não suportavam a luz que brilhava sobre os santos, libertos. Essa luz e resplendor sobre eles permaneceu até que Jesus foi visto nas nuvens do céu, e o grupo de fiéis e provados foram transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos" (1 Coríntios 15:52), de glória em glória. Abriram-se os sepulcros e revestidos de imortalidade, surgiram os santos, bradando: "Vitória sobre a morte e a sepultura!" e em companhia dos santos vivos foram arrebatados, para encontrar seu Senhor nos ares, enquanto belos e harmoniosos brados de glória e vitória procediam de todos os lábios imortais. -- Testimonies for the Church 1:179-184. CI 349 3 Os dois exércitos -- Vi em visão dois exércitos em luta terrível. Um deles ostentava em suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro a bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel. Estandarte após estandarte era arrastado no chão, à medida que grupo após grupo do exército do Senhor se juntava ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do adversário se unia ao povo de Deus que guarda os mandamentos. Um anjo que voava pelo meio do céu pôs-me nas mãos o estandarte de Emanuel, enquanto um forte general comandava em alta voz: "Em forma! Tomai posição vós, que sois leais aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Cristo. Saí do meio deles e apartai-vos, e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas. Vinde todos quantos dentre vós quiserem acudir em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os valentes." [...] CI 350 1 A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia em que a batalha terá sido ferida e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é no Céu. Então as nações não possuirão outra lei senão a do Céu. Juntas, constituirão uma família feliz, unida, trajada das vestes de louvor e ações de graça -- as vestes da justiça de Cristo. A natureza toda, em sua inexcedível beleza, oferecerá a Deus um constante tributo de louvor e adoração. O mundo será inundado da luz do Céu. Os anos transcorrerão em alegria. A luz da Lua será como a do Sol, e a deste sete vezes mais brilhante do que hoje é. Ante esse cenário as estrelas da alva cantarão juntamente, e os filhos de Deus exultarão de alegria, ao Se unirem Deus e Cristo para proclamar: "Não mais haverá pecado, também não haverá morte." CI 350 2 Tal é a cena que me é apresentada. A igreja, porém, deve combater e combaterá os inimigos visíveis e invisíveis. Estão a postos forças satânicas sob forma humana. Homens se têm confederado para oporem-se aos exércitos do Senhor. Essas confederações continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessor diante do propiciatório e envergue as vestes de vingança. Agentes satânicos encontram-se em todas as cidades, ocupados em organizar os grupos que se opõem à lei de Deus. Alguns que professam ser santos e outros declaradamente incrédulos, filiam-se a esses partidos. Não é hora de o povo de Deus mostrar fraqueza. Não podemos deixar de ficar alerta um momento sequer. -- Testimonies for the Church 8:41, 42. ------------------------Capítulo 63 -- O que não pode ser esquecido CI 351 1 As instruções do Salvador aos discípulos foram dadas em benefício de Seus seguidores de todos os tempos. Tinha em vista os que viveriam próximo ao fim do tempo, quando disse: "Olhai por vós." É nossa tarefa acariciar no coração, cada qual por si, as preciosas graças do Espírito. -- Testimonies for the Church 5:102. CI 351 2 A grande crise está justamente diante de nós. Para enfrentar suas provas e tentações, e cumprir suas injunções, será necessária fé perseverante. Podemos, porém, triunfar esplendidamente; nenhuma alma vigilante, que ore e creia será enlaçada pelo inimigo. [...] CI 351 3 Irmãos, a quem as verdades da Palavra de Deus foram desvendadas, que parte desempenharão nas cenas finais da história deste mundo? Estarão despertos para essas solenes realidades? Reconhecerão a grande obra de preparação que prossegue no Céu e na Terra? Que todos os que receberam a luz, que tiveram a oportunidade de ler e escutar a profecia, atentem para as coisas que nela estão escritas; "porque o tempo está próximo" (Apocalipse 1:3) Ninguém condescenda com o pecado, fonte de toda miséria em nosso mundo. Não é bom continuar em letargia e néscia indiferença. Que não fique o destino da alma pendente da incerteza. Tenhamos a certeza de estar inteiramente do lado do Senhor. Façam os corações sinceros e os lábios trementes a pergunta: "Quem poderá subsistir?" Apocalipse 6:17. Estamos nós, nestas últimas preciosas horas de graça empregando a melhor espécie de material na formação do nosso caráter? Temos purificado o coração de toda mancha? Estamos seguindo a luz? Temos obras que equivalem à nossa profissão de fé? [...] CI 351 4 É possível ser um crente parcial, formal, e contudo ser achado em falta e perder a vida eterna. É possível praticar alguns dos preceitos bíblicos, e ser considerado cristão, e ainda, pela falta das qualificações essenciais ao caráter cristão, perecer. Quem negligencia ou trata com indiferença as advertências que Deus deu, quem acaricia ou desculpa o pecado, está selando o destino de sua alma. Seremos pesados na balança e achados em falta. Graça, paz e perdão serão para sempre retirados; Jesus terá passado para nunca mais voltar ao alcance das nossas orações e súplicas. Enquanto se prolonga a misericórdia, enquanto o Salvador está fazendo intercessão, façamos uma preparação completa para a eternidade. -- Testimonies for the Church 6:404, 405. CI 352 1 Satanás não dorme; está bem desperto para evitar que se cumpra a firme palavra da profecia. Com sua astúcia e poder enganador esforça-se para contrafazer a vontade de Deus, revelada expressamente em Sua Palavra. Durante anos, Satanás tem estado a dominar a mente dos homens por meio de enganos sutis que ideou para substituírem a verdade. Neste tempo de perigo, os que praticam o bem no temor de Deus, Lhe glorificam o nome repetindo as palavras de Davi: "já é tempo de operares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei". Salmos 119:126. -- Testimonies for the Church 9:92. CI 352 2 Nós, como povo, professamos possuir mais verdades do que qualquer outro na Terra. Neste caso, nossa conduta e caráter devem também corresponder a nossa profissão. Está próximo o dia em que os justos, qual semente preciosa, hão de ser ajuntados para os celeiros celestiais, enquanto os ímpios, à semelhança do joio, o serão para o fogo do grande dia. Mas o trigo e o joio deverão "crescer ambos juntos até à ceifa". Mateus 13:30. CI 352 3 No desempenho de seus deveres cotidianos, os justos hão de estar, até o fim, em contato com os ímpios. Os filhos da luz estão espalhados entre os das trevas para que o contraste salte aos olhos de todos. É assim que os filhos de Deus devem anunciar "as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz". 1 Pedro 2:9. O amor divino, ardendo em seu coração, a harmonia à semelhança de Cristo manifestada em sua vida, será como um vislumbre do Céu concedido aos homens do mundo, para que possam apreciar sua excelência. -- Testimonies for the Church 5:100. CI 352 4 Homem algum pode servir a Deus sem atrair contra si mesmo os homens e anjos maus. Espíritos maus serão lançados no encalço de toda alma que busca unir-se às fileiras de Cristo; pois Satanás deseja reaver a presa que lhe foi arrebatada. Homens maus se submeterão a crer em fortes enganos, para sua perdição. Esses homens se revestirão das roupagens da sinceridade "para enganar, se possível, os próprios eleitos". Marcos 13:22. -- Testimonies for the Church 4:595. CI 352 5 O fim está próximo -- A volta de Cristo ao nosso mundo ocorrerá dentro de pouco tempo. Seja essa a ênfase de cada mensagem. [...] CI 352 6 O refreador Espírito de Deus está agora mesmo sendo retirado do mundo. Furacões, tormentas, tempestades, incêndios, inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida sequência. A ciência busca uma explicação para tudo isso. Os sinais que em torno de nós se avolumam, prenunciando a próxima manifestação do Filho de Deus, são atribuídos a outra causa que não a verdadeira. Os homens não discernem as sentinelas angélicas que retêm os quatro ventos para que não soprem sem que os filhos de Deus estejam selados; mas quando Deus mandar que Seus anjos soltem os ventos, haverá uma tal cena de luta que pena nenhuma pode descrever. [...] CI 353 1 Caso a cortina pudesse ser erguida, poderíamos discernir os propósitos de Deus e os juízos que estão para cair sobre o mundo condenado: caso pudéssemos ver nossa própria atitude, temeríamos e tremeríamos por nossa própria salvação e pela de nossos semelhantes. Fervorosas orações e angústia de coração quebrantado seriam elevadas ao Céu. Choraríamos entre o pórtico e o altar, confessando a nossa cegueira e rebeldia espirituais. -- Testimonies for the Church 6:406, 408. CI 353 2 O perigo de pensar que falta muito para a volta de Cristo -- Aquele mau servo que em seu coração diz: "Meu Senhor tarde virá". Mateus 24:48. professa estar esperando a Cristo. É um "servo" que só aparentemente se dedica ao serviço de Deus, enquanto no coração se entregou a Satanás. CI 353 3 Diferente dos escarnecedores, não nega abertamente a verdade, mas pela conduta revela o desejo que sente de que a vinda do Senhor se dilate. O orgulho torna-o descuidado em relação aos interesses eternos. Adota as máximas do mundo e se conforma às suas práticas e costumes. O egoísmo, o orgulho e as ambições mundanas nele predominam. Temendo que seus irmãos lhe levem alguma vantagem, deprecia seus esforços e contestam suas as razões. Desse modo espanca seus conservos. CI 353 4 À proporção que se vai alienando do povo de Deus, une-se mais aos ímpios. É achado comendo e bebendo "com os ébrios" (Mateus 24:49) associando-se com o mundo cujo espírito compartilha. Dessa maneira é embalado numa segurança carnal, e vencido pela negligência, indiferença e ociosidade. -- Testimonies for the Church 5:101, 102. CI 353 5 Uma suposta nova luz vai enganar a muitos -- Satanás espera envolver os remanescentes filhos de Deus na ruína geral que está para vir sobre a Terra. À medida que se aproxima a vinda de Cristo, mais determinado e decidido em seus esforços fica ele, a fim de os derrotar. Surgirão homens e mulheres proclamando possuir alguma nova luz ou alguma nova revelação, e cuja tendência é abalar a fé nos marcos antigos. Suas doutrinas não resistem à prova da Palavra de Deus. Mesmo assim, pessoas serão enganadas. CI 353 6 Farão circular relatos falsos e alguns serão apanhados pela armadilha. Acreditarão nesses boatos e por sua vez os repetirão, e assim se formará uma cadeia que os liga com o arquienganador. Tal espírito nem sempre se manifestará em aberto desafio às mensagens enviadas por Deus, mas expressa de muitas maneiras uma deliberada incredulidade. Cada falsa declaração feita, alimenta e fortalece essa incredulidade, e por esse meio muitas pessoas serão levadas à decisão do lado errado. CI 353 7 Não podemos ser demasiado vigilantes contra toda forma de erro. pois Satanás está constantemente buscando afastar da verdade os homens. -- Testimonies for the Church 5:295, 296. CI 354 1 A importância da devoção pessoal -- Se a oração particular e a leitura das Escrituras forem negligenciadas hoje, amanhã elas poderão ser omitidas com menos protestos da consciência. Haverá uma longa lista de omissões, tudo por causa de um único grão semeado no solo do coração. Por outro lado, todo raio de luz acariciado, proporcionará uma colheita de luz. A tentação uma vez resistida, dará poder para resistir mais firmemente a segunda vez; toda nova vitória ganha sobre o próprio eu, aplainará o caminho para mais elevados e mais nobres triunfos. Toda vitória é uma semente semeada para a vida eterna. -- Testimonies for the Church 5:120. CI 354 2 Todo santo que se aproximar de Deus com coração verdadeiro, dirigindo-Lhe com fé suas sinceras petições, verá suas orações atendidas. Sua fé não deve largar as promessas de Deus, caso vocês não vejam ou sintam a imediata resposta a suas orações. Não temam confiar em Deus. Descansem em Sua firme promessa: "Pedi e recebereis". João 16:24. CI 354 3 Deus é demasiado sábio para errar, e demasiado bom para negar qualquer coisa boa a Seus santos, que andam na retidão. O homem é falível, e embora suas orações sejam dirigidas ao alto por um coração sincero, nem sempre pede aquilo que lhe convém, ou que seja para a glória de Deus. Assim sendo, nosso sábio e bom Pai ouve nossas orações e, por vezes, responderá imediatamente; dá-nos, porém, aquilo que é para nosso máximo bem e Sua glória. Deus nos dá bênçãos; caso nos fosse possível penetrar Seus planos, veríamos claramente que Ele sabe o que é melhor para nós, e que nossas orações são atendidas. Não nos é concedida coisa alguma que seja prejudicial, mas a bênção de que necessitamos, em lugar daquilo que pedimos e que não nos faria bem, mas mal. CI 354 4 Vi que, se não recebermos resposta imediata a nossas orações, devemos apegar-nos firmemente a nossa fé, não permitindo que penetre a desconfiança, pois isto nos separará de Deus. Se nossa fé vacilar, nada receberemos dEle. Forte deve ser a confiança que temos em Deus; e quando mais dela necessitarmos, a bênção, qual chuveiro, cairá sobre nós. -- Testimonies for the Church 1:120, 121. CI 354 5 Cristão de verdade gosta de pensar e falar das coisas celestiais -- No Céu, Deus é tudo em todos. Ali reina suprema a santidade; não há nada para manchar a perfeita harmonia com Deus. Caso estejamos realmente jornadeando para lá, o espírito do Céu habitará em nosso coração desde aqui. Mas, se não encontramos prazer agora na contemplação das coisas celestes; se não temos qualquer interesse em buscar o conhecimento de Deus, deleite algum em deter os olhos no caráter de Cristo; se a santidade não tem a menor atração para nós -- podemos então estar certos de que é vã nossa esperança do Céu. CI 354 6 A perfeita conformidade com a vontade de Deus é o elevado objetivo que deve estar sempre diante do cristão. Terá prazer de falar acerca de Deus, de Jesus, do lar puro e bem-aventurado que Cristo preparou para os que O amam. O meditar nesses temas, quando o espírito se deleita nas benditas promessas de Deus, é representado pelo apóstolo como provar "as virtudes do século futuro". CI 355 1 Falta muito pouco para as lutas finais do grande conflito em que, com "todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça", Satanás trabalhará para apresentar falsamente o caráter de Deus, a fim de poder, "se possível fora", enganar "até os escolhidos". Mateus 24:24. Se já houve um povo necessitado de luz sempre crescente do Céu, é o povo que, neste tempo de perigo, Deus chamou para serem depositários de Sua lei e reivindicar Seu caráter perante o mundo. Aqueles a quem foi confiado tão sagrado legado devem ser espiritualizados, elevados, possuídos de vitalidade mediante as virtudes que professam crer. -- Testimonies for the Church 5:745, 746. CI 355 2 O povo de Deus tem que avançar, apesar das dificuldades -- O Senhor está agora a lidar com o Seu povo, o povo que crê na verdade presente. É Seu desígnio levar a importantes resultados, e enquanto em Sua providência, age nesse sentido, diz ao povo: "Avançar!" Certamente o caminho ainda não está aberto; ao marcharem, porém, na força da fé e da coragem, o Senhor mostrará o caminho claro aos seus olhos. Sempre haverá pessoas que murmurem, como fez o antigo Israel, e ponham a culpa das dificuldades em que se acham sobre os que Deus suscitou com o fim especial de promover o avançamento de Sua causa. Deixam de ver que Ele os está provando com o levá-los a situações criticas, das quais não há livramento possível senão pelo Seu braço. CI 355 3 Tempos há em que a vida cristã parece cercada de perigos, e difícil se afigura o cumprimento do dever. A imaginação pinta ruína pela frente, escravidão e morte por trás. Todavia a voz de Deus fala claramente acima de todos os desânimos: "Avançar!" Devemos obedecer a esta ordem, seja qual for o resultado, mesmo que nossos olhos não consigam penetrar as trevas, e sintamos frias ondas envolverem-nos os pés. -- Testimonies for the Church 4:26. CI 355 4 Em uma vida dividida, indiferente, vocês encontrarão dúvidas e obscuridade. Não poderão fruir as consolações da religião, nem a paz que o mundo oferece. Não se assentem na cadeira de descanso de Satanás, do pouco-fazer, mas ergam-se, e mirem a elevada norma que é privilégio seu atingir. Bendito é o privilégio de renunciar a tudo por Cristo. Não olhem a vida de outros nem os imitem, sem se elevar mais acima. Vocês só têm um único Modelo verdadeiro, infalível. Só é seguro seguir a Jesus. Decidam que, se outros procedem segundo o princípio da indolência espiritual, vocês os deixarão, e marcharão adiante, rumo a um elevado caráter cristão. Formem um caráter para o Céu. Não durmam em seu posto. Lidem fiel e sinceramente com a própria vida. -- Testimonies for the Church 1:241. ------------------------Capítulo 64 -- Cristo nosso grande sumo sacerdote CI 356 1 A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé. -- Evangelismo, 21. O santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram "figuras das coisas que estão no Céu" (Hebreus 9:9, 23); Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é "ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem". Hebreus 8:2. Sendo em visão concedida a João uma vista do templo de Deus no Céu, contemplou ele ali "sete lâmpadas de fogo" (Apocalipse 4:5) que ardiam diante do trono. [...] CI 356 2 Permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de fogo" e o "altar de ouro" representados pelo castiçal de ouro e o altar de incenso no santuário terrestre. Novamente, "abriu-se no Céu o templo de Deus" (Apocalipse 11:19), e ele olhou para dentro do véu interno, no santo dos santos. Ali viu a "arca do Seu concerto", representada pelo escrínio sagrado construído por Moisés a fim de conter a lei de Deus. [...] CI 356 3 João diz que viu o santuário no Céu. Aquele santuário em que Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés era uma cópia. CI 356 4 Do templo celestial, morada do Rei dos reis, onde milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão diante dEle (Daniel 7:10), templo repleto da glória do trono eterno, onde serafins, seus guardas resplandecentes, velam o rosto em adoração; sim, desse templo, nenhuma estrutura terrestre poderia representar a vastidão e glória. Todavia, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali prosseguida em prol da redenção do homem, deveriam ser ensinadas pelo santuário terrestre e seu cerimonial. CI 356 5 Depois de Sua ascensão, nosso Salvador iniciaria Sua obra como nosso Sumo Sacerdote. Diz Paulo: "Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus". Hebreus 9:24. Assim como o ministério de Cristo devia consistir em duas grandes divisões, ocupando cada uma delas um período de tempo e tendo um lugar distinto no santuário celeste, semelhantemente o ministério típico consistia em duas divisões -- o serviço diário e o anual -- e a cada um deles era dedicado um compartimento do tabernáculo. CI 357 1 Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador. CI 357 2 O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final; assim, no cerimonial típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até ao dia da expiação. CI 357 3 No grande dia da paga final, os mortos devem ser "julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras". Apocalipse 20:12. Então, pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todo o verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu. Assim o santuário estará livre ou purificado, do registro de pecado. No tipo, esta grande obra de expiação, ou cancelamento de pecados, era representada pelas cerimônias do dia da expiação, a saber, pela purificação do santuário terrestre, a qual se realizava pela remoção dos pecados com que ele ficara contaminado, remoção efetuada pela virtude do sangue da oferta para o pecado. -- Patriarcas e Profetas, 356-358. CI 357 4 Satanás concebe inumeráveis planos para nos ocupar a mente, para que ela se não detenha no próprio trabalho com que deveremos estar mais bem familiarizados. O arquienganador odeia as grandes verdades que apresentam um sacrifício expiatório e um todo-poderoso Mediador. Sabe que para ele tudo depende de desviar a mente, de Jesus e de Sua verdade. [...] CI 357 5 Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído; e declara a todos os que desejam segui-Lo: "A Minha graça te basta". 2 Coríntios 12:9. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Por que o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve". Mateus 11:29, 30. Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los. CI 357 6 Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor, para que não acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro. Deve haver um exame de coração, profundo e fiel. O espírito leviano e frívolo, alimentado por tantos cristãos professos, deve ser deixado. Há uma luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más tendências que insistem no predomínio. A obra de preparação é uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e devoção de um, não suprirá a falta dessas qualidades em outro. Embora todas as nações devam passar em juízo perante Deus, examinará Ele o caso de cada indivíduo, com um exame tão íntimo e penetrante como se não houvesse outro ser na Terra. Cada um deve ser provado, e achado sem mancha ou ruga, ou coisa semelhante. CI 358 1 Solenes são as cenas ligadas à obra final da expiação. Momentosos, os interesses nela envolvidos. O juízo ora se realiza no santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame. Atualmente, mais do que em qualquer outro tempo, importa a toda alma atender à admoestação do Salvador: "Vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo". Marcos 13:33. "Se não vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei". Apocalipse 3:3. CI 358 2 Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra". Apocalipse 22:11, 12. CI 358 3 Os justos e os ímpios estarão ainda a viver sobre a Terra em seu estado mortal: estarão os homens a plantar e a construir, comendo e bebendo, todos inconscientes de que a decisão final, irrevogável, foi pronunciada no santuário celestial. [...] CI 358 4 Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 488-491. ------------------------Capítulo 65 -- Josué e o anjo CI 359 1 Pudesse ser erguido o véu que separa o mundo visível do invisível, e pudesse o povo de Deus contemplar o grande conflito que se trava entre Cristo e os santos anjos, e Satanás e suas forças malignas, acerca da redenção do homem; pudesse compreender a maravilhosa obra de Deus em favor da salvação de almas da escravidão do pecado e a constante operação de Seu poder para sua proteção da maldade do maligno, e estariam melhor preparados para resistir às armadilhas de Satanás. Sentiriam no espírito uma impressão solene em vista da vasta extensão e importância do plano da redenção e da grandeza da obra que se lhes depara, como colaboradores de Cristo. Sentir-se-iam humilhados, todavia animados, sabendo que todo o Céu se acha interessado em sua salvação. CI 359 2 Uma ilustração muito viva e impressionante da obra de Satanás e da de Cristo, e do poder de nosso Mediador para vencer o acusador de Seu povo, é dada na profecia de Zacarias. Em santa visão, o profeta contempla a Josué, o sumo sacerdote, "vestido de vestidos sujos" (Zacarias 3:3), diante do Anjo do Senhor, suplicando a misericórdia de Deus em favor de seu povo, que se acha em profunda aflição. Satanás acha-se a Sua mão direita, para Lhe resistir. [...] O sumo sacerdote não se pode defender, nem ao seu povo, das acusações de Satanás. Não alega que Israel esteja livre de falta. Em suas vestes sujas, simbolizando os pecados do povo, com os quais ele arca como representante seu, está ele perante o anjo, confessando a falta deles, mas ao mesmo tempo alegando seu arrependimento e humilhação, confiando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado e, com fé, suplicando as promessas de Deus. CI 359 3 Então o Anjo, que é o próprio Cristo, o Salvador dos pecadores, reduz a silêncio o acusador do Seu povo, declarando: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias 3:2. [...] Aceita a intercessão de Josué, é dada a ordem: "Tirai-lhe estes vestidos sujos", e a Josué declara o Anjo: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." "E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos". Zacarias 3:4, 5. Foram perdoados os seus próprios pecados e os do povo. Israel vestiu "vestidos novos"- a justiça de Cristo imputada a eles. [...] CI 359 4 Como Satanás acusou a Josué e seu povo, assim em todos os séculos acusa os que buscam a misericórdia e favor de Deus. No Apocalipse é ele declarado ser o "acusador de nossos irmãos", "o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite". Apocalipse 12:10. O conflito repete-se em relação a toda pessoa que é salva do poder do mal e cujo nome se acha registrado no livro da vida, do Cordeiro. É impossível alguém sair da família de Satanás e ser aceito na família de Deus sem suscitar a resistência do maligno. As acusações de Satanás contra os que buscam o Senhor não são motivadas pelo desprazer em face de seus pecados. Ele exulta com os defeitos de seu caráter. Unicamente por causa de sua transgressão da Lei de Deus, pode ele alcançar poder sobre eles. Suas acusações advêm tão-somente de sua inimizade a Cristo. Mediante o plano da salvação, Jesus quebra o poder de Satanás sobre a família humana, salvando os que estão em suas garras. Todo o ódio e malignidade do arqui-rebelde é provocado, ao contemplar ele a evidência da supremacia de Cristo e com diabólico poder e astúcia opera para arrebatar o remanescente dos filhos dos homens que aceitaram Sua salvação. CI 360 1 Leva ele homens ao ceticismo, fazendo-os perderem a confiança em Deus e separarem-se de Seu amor; tenta-os a quebrantarem Sua lei, reclamando-os então como cativos seus, e contestando o direito de Cristo, de lhos arrebatar. Sabe ele que os que buscam sinceramente de Deus o perdão e a graça os hão de obter; por isso apresenta perante eles os seus pecados, a fim de os desanimar. Está constantemente buscando ocasião contra os que procuram obedecer a Deus. Mesmo seus melhores e mais aceitáveis serviços busca ele fazer que se afigurem corruptos. Por armadilhas sem-número, as mais sutis e mais cruéis, empenha-se em conseguir a condenação deles. CI 360 2 Não pode o homem por si mesmo defender-se dessas acusações. Em suas vestes manchadas de pecado, confessando sua culpa, ei-lo perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta um eficaz rogo em favor de todos os que, mediante arrependimento e fé, a Ele confiaram a guarda de sua vida. Defende-lhes a causa e derrota seu acusador, com os poderosos argumentos do Calvário. Sua perfeita obediência à lei de Deus, mesmo até à morte de cruz, conferiu-Lhe todo o poder no Céu e na Terra, e Ele pleiteia de Seu Pai misericórdia e reconciliação para o homem culpado. Ao acusador de Seu povo diz ele: "O Senhor te repreende, ó Satanás." Estes são a aquisição de Meu sangue, "tições apanhados do fogo". Zacarias 3:2. Os que com fé nEle confiarem, receberão a confortadora certeza: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." CI 360 3 Todos os que vestiram as vestes da justiça de Cristo, estarão perante Ele como escolhidos, fiéis e verdadeiros. Satanás não tem poder para arrancá-los da mão de Cristo. Ele não permitirá que passe para o poder do inimigo pessoa alguma que tenha reclamado, com penitência e fé, Sua proteção. Está empenhada Sua palavra: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo". Isaías 27:5. A todos é feita a promessa dada a Josué: "Se observares as Minhas ordenanças, [...] te darei lugar entre os que estão aqui". Zacarias 3:7. Anjos de Deus andarão de ambos os lados seus, mesmo neste mundo, e no final estarão entre os anjos que circundam o trono de Deus. CI 361 1 O serem os reconhecidos filhos de Deus representados como estando na presença do Senhor com vestes sujas, deve levar à humildade e profundo exame do coração, por parte de todos os que Lhe professam o nome. Os que estão de fato purificando o caráter mediante a obediência à verdade, terão de si mesmos uma opinião muito humilde. Quanto mais de perto virem o imaculado caráter de Cristo, tanto mais forte será o seu desejo de serem conformados à Sua imagem, e tanto menos pureza ou santidade verão eles em si mesmos. Mas, conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, temos de confiar em Cristo como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos contestar as acusações de Satanás contra nós. Cristo, unicamente, pode pleitear eficazmente em nosso favor. Ele é capaz de silenciar o acusador com argumentos baseados não em nossos méritos mas nos Seus. -- Testimonies for the Church 5:467-472. CI 361 2 A igreja remanescente -- A visão de Zacarias, relativa a Josué e ao Anjo, aplica-se com força particular à experiência do povo de Deus no remate do grande dia da expiação. A igreja remanescente será levada a grande prova e aflição. Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e seus seguidores. Satanás conta o mundo como súdito seu, ele adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas ali está um pequeno grupo que lhe resiste à supremacia. Caso os pudesse desarraigar da Terra, seu triunfo seria completo. Como ele influenciou as nações pagãs para destruir Israel, assim, em próximo futuro há de incitar os ímpios poderes da Terra para destruir o povo de Deus. De todos será exigido que prestem obediência a leis humanas em violação à lei divina. Os que forem fiéis a Deus e ao dever, serão ameaçados, denunciados e proscritos. Serão traídos "até pelos pais, irmãos, parentes e amigos". CI 361 3 Sua única esperança está na misericórdia de Deus, sua única defesa será a oração. Como Josué pleiteou diante do Anjo, assim a igreja remanescente, com coração quebrantado e fervorosa fé, pleiteará o perdão e livramento por meio de Jesus, seu Advogado. Acham-se plenamente cônscios da pecaminosidade de sua vida, vêem sua fraqueza e indignidade, e ao olharem a si mesmos, ficam a ponto de desesperar. O tentador está ao seu lado para os acusar, como esteve ao lado de Josué, para lhe resistir. Aponta às suas vestes imundas, seu caráter defeituoso. Apresenta sua fraqueza e descaminhos, seus pecados de ingratidão, sua dessemelhança de Cristo, a qual desonrou seu Redentor. Esforça-se por assustar a pessoa com o pensamento de que seu caso não tem esperança, que a mancha de seu pecado jamais será lavada. Tem esperança de assim destruir-lhe a fé, para que ceda a suas tentações, volva costas à sua aliança com Deus e receba o sinal da besta. Satanás insiste perante Deus com suas acusações contra eles, declarando que por seus pecados perderam o direito à proteção divina, e reclamando o direito de destruí-los como transgressores. Pronuncia-os tão merecedores como ele mesmo, de exclusão do favor de Deus. "São estas", diz ele, "as pessoas que hão de tomar meu lugar no Céu e o lugar dos anjos que se uniram a mim? Embora professem obedecer à lei de Deus, têm porventura guardado os seus preceitos? Não têm sido amantes de si mesmos, mais do que de Deus? Não colocaram seus próprios interesses acima do Seu serviço? Não amaram as coisas do mundo? Eis os pecados que lhes assinalaram a vida. Eis o seu egoísmo, sua maldade, seu ódio uns para com os outros." CI 362 1 O povo de Deus tem sido, em muitos respeitos, muito faltoso. Satanás possui um exato conhecimento dos pecados que ele os tentou a cometerem, e apresenta esses pecados como exageradamente graves, declarando: "Há de Deus banir-me e aos meus anjos de Sua presença, e contudo recompensar os que são culpados dos mesmos pecados? Não podes, ó Senhor, isso fazer com justiça. Teu trono não se achará baseado em justiça e juízo. A justiça requer que seja pronunciada sentença contra eles." CI 362 2 Mas, conquanto os seguidores de Cristo tenham cometido pecado, não se entregaram ao domínio do mal. Abandonaram os pecados e buscaram o Senhor com humildade e contrição, e o Divino Advogado pleiteia em seu favor. Aquele que mais maltratado foi por sua ingratidão, que conhece os seus pecados e também seu arrependimento, declara: "'O Senhor te repreenda, ó Satanás.' Eu dei a vida por essas criaturas. Acham-se gravadas nas palmas das Minhas mãos". -- Testimonies for the Church 5:472-474. CI 362 3 Coberto com o manto da justiça de Cristo -- Ao afligir o povo de Deus seu coração perante Ele, suplicando pureza de caráter, é dada a ordem: "Tirai-lhes os vestidos sujos", e proferem-se as palavras animadoras: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos". Zacarias 3:4. As imaculadas vestes da justiça de Cristo são colocadas sobre os provados, tentados mas fiéis filhos de Deus. Os desprezados remanescentes são vestidos de vestes gloriosas, que nunca mais serão manchadas pelas corrupções do mundo. Seus nomes são retidos no livro da vida, do Cordeiro, registrados entre os fiéis de todos os séculos. Resistiram aos ardis do enganador; não foram demovidos de sua lealdade pelos rugidos do dragão. Acham-se agora eternamente seguros dos ardis do tentador. Seus pecados são transferidos para o originador do pecado. CI 362 4 E os remanescentes são não só perdoados e aceitos, mas também honrados. Uma "mitra limpa" é-lhes colocada sobre a cabeça. Serão como reis e sacerdotes para Deus. Enquanto Satanás instava com suas acusações, e buscava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Estes são os que se acharão sobre o Monte Sião com o Cordeiro, tendo escrito na fronte o nome do Pai. Cantam ante o trono o novo cântico, aquele cântico que homem algum pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil, que foram remidos da Terra. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus". Apocalipse 14:4, 5. -- Testimonies for the Church 5:475, 476. ------------------------Capítulo 66 -- "Eis que venho sem demora" CI 364 1 Recentemente, nas horas da noite, minha mente foi impressionada pelo Espírito Santo com o pensamento de que se o Senhor vier tão breve como cremos, devemos ser ainda mais ativos do que temos sido nos anos passados em levar a verdade ao povo. CI 364 2 Em ligação com isso meu espírito reportou-se à atividade dos crentes adventistas em 1843 e 1844. Havia naquele tempo muita visita de casa em casa, e incansáveis esforços eram feitos para advertir o povo das coisas ditas na Palavra de Deus. Devemos estar desenvolvendo esforços ainda maiores do que os que foram feitos pelos que proclamaram tão fielmente a mensagem do primeiro anjo. Estamos nos aproximando rapidamente do fim da história terrestre; e à medida que compreendermos que Jesus vem realmente presto, seremos despertados para trabalhar como nunca dantes. É-nos ordenado fazer soar o alarme ao povo. E cumpre-nos mostrar em nossa própria vida o poder da verdade e da justiça. O mundo há de enfrentar em breve o grande Legislador quanto a Sua lei transgredida. Unicamente os que se volvem da transgressão para a obediência podem esperar perdão e paz. [...] CI 364 3 Oh! quanto bem se poderia efetuar se todos quantos possuem a verdade, a Palavra da vida, trabalhassem pelo esclarecimento dos que não a têm! Quando os samaritanos foram ter com Cristo, a convite da samaritana, Cristo falou a respeito deles aos discípulos como uma seara pronta para a colheita. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?" disse Ele: "Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa". João 4:35. Cristo ficou com os samaritanos por dois dias; pois eles estavam famintos de ouvir a verdade. E que dias ocupados foram aqueles! Em resultado desse labor, "muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra". João 4:41. E eis seu testemunho: "Porque nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo". João 4:42. -- Mensagens Escolhidas 2:402, 403. CI 364 4 Sua redenção se aproxima -- Ao ouvir das terríveis calamidades que semana a semana estão ocorrendo, pergunto-me: Que significam estas coisas? As mais terríveis catástrofes seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Com que frequência ouvimos de terremotos e furacões, de destruição por fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosas irrupções de forças desordenadas, irregulares, mas nelas se pode ler o propósito de Deus. São um dos meios pelos quais Ele procura despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer o seu perigo. CI 365 1 A vinda de Cristo está mais próxima do que quando aceitamos a fé. Aproxima-se de seu término o grande conflito. Os juízos de Deus estão na Terra. Pronunciam solene advertência, dizendo: "Estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis". Mateus 24:44. CI 365 2 Mas há em nossas igrejas muitos, muitos que pouco sabem do real significado da verdade para este tempo. Apelo para eles a fim de que não passem por alto o cumprimento dos sinais dos tempos, que diz tão claramente estar perto o fim. Oh! quantos que não buscaram a salvação espiritual farão logo o amargo lamento: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos!". Jeremias 8:20. CI 365 3 Vivemos nas cenas finais da história da Terra. A profecia cumpre-se rapidamente. As horas de graça escoam-se depressa. Não temos tempo -- nem um momento -- a perder. Não sejamos achados dormindo na guarda. Ninguém diga em seu coração ou por suas obras: "Meu Senhor tarde virá". Mateus 24:48. Que a mensagem da breve volta de Cristo ressoe em fervorosas palavras de advertência. Persuadamos homens e mulheres de toda parte, a arrependerem-se e fugirem da ira vindoura. Despertemo-los, levando-os a preparar-se imediatamente, pois pouco imaginamos o que está diante de nós. Saiam pastores e membros leigos para os campos a fim de dizer aos despreocupados e indiferentes que busquem ao Senhor enquanto Se pode achar. Os obreiros encontrarão sua seara onde quer que proclamem as esquecidas verdades da Bíblia. Encontrarão pessoas que aceitarão a verdade e dedicarão a vida à conquista de almas para Cristo. CI 365 4 O Senhor voltará em breve, e precisamos estar preparados para encontrá-Lo em paz. Estejamos resolvidos a fazer tudo quanto está ao nosso alcance para comunicar luz aos que nos cercam. Não devemos estar tristes, mas animados, e ter sempre perante nós o Senhor Jesus. Ele virá logo, e devemos estar prontos e aguardando o Seu aparecimento. Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão-somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: "Rumo ao lar!" Estamo-nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar ao lar eterno os Seus resgatados. [...] CI 365 5 Na grande obra finalizadora defrontaremos perplexidades com as quais não saberemos como tratar; mas não esqueçamos que os três grandes poderes do Céu estão atuando, que a mão divina está ao leme, e que Deus cumprirá Suas promessas. Ele congregará do mundo um povo que O servirá em justiça. -- Testimonies for the Church 8:252-254. CI 366 1 A promessa da vitória -- Oro fervorosamente para que a obra que fazemos a este tempo se grave profundamente no coração, mente e alma. Aumentarão as perplexidades; como crentes em Deus, porém, encorajemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a bandeira, antes conservemo-la alçada bem alto, olhando Àquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Quando, durante a noite, não consigo dormir, ergo o coração a Deus em oração e Ele me fortalece e dá certeza de que está com Seus servos a ministrarem no campo pátrio e nas terras distantes. Sou animada e beneficiada ao compreender que o Deus de Israel ainda guia Seu povo, e que continuará a ser com eles, até ao fim. [...] CI 366 2 O Senhor deseja ver a obra da proclamação da mensagem do terceiro anjo sendo levada avante com eficiência crescente. Como Ele trabalhou em todas as épocas para dar vitórias a Seu povo, assim neste século almeja Ele levar a triunfante cumprimento Seus desígnios para Sua igreja. Ordena a Seus santos crentes que avancem unidos, indo de força para força maior, da fé a mais certeza e confiança na verdade e justiça de Sua causa. CI 366 3 Devemos ficar firmes qual rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Ele está conosco para dar-nos poder para enfrentar cada novo acontecimento. Mantenhamos sempre em nossa vida os princípios da justiça, para irmos adiante de força em força no nome do Senhor. Devemos conservar como deveras sagrada a fé que foi consolidada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus, desde nossa experiência inicial até os nossos dias. Devemos guardar cuidadosamente, como preciosíssima, a obra que o Senhor tem estado a levar adiante por meio de Seu povo observador dos mandamentos, e que pelo poder de Sua graça, tornar-se-á mais vigorosa e eficiente à medida que o tempo avança. O inimigo está procurando obscurecer o discernimento do povo de Deus, e enfraquecer sua eficiência, mas caso eles trabalhem segundo a direção do Espírito de Deus, Ele abrirá diante deles portas de oportunidade para a obra de restaurar os lugares assolados. Sua vida cristã será de constante desenvolvimento, até que o Senhor desça do Céu com poder e grande glória para pôr Seu selo de final triunfo sobre os Seus fiéis. CI 366 4 A obra que está perante nós é daquelas que põem em tensão toda faculdade do ser humano. Isto exigirá o exercício de vigorosa fé e vigilância constante. Por vezes as dificuldades que teremos de enfrentar serão muito desencorajadoras. A própria grandeza da tarefa nos aterrará. Todavia, com o auxílio de Deus, Seus servos hão de finalmente triunfar. "Portanto", meus irmãos, pelo que "não desfaleçais" (Efésios 3:13) por causa dos decisivos acontecimentos que se acham diante de vós. Jesus estará convosco; Ele irá adiante de vós por meio de Seu Espírito Santo, preparando o caminho; e Ele será vosso ajudador em toda emergência. [...] CI 367 1 "Ora, Àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!" Efésios 3:20, 21. -- Mensagens Escolhidas 2:406-408. CI 367 2 Tenho sido profundamente impressionada por cenas recentemente passadas diante de mim durante a noite. Parecia estar ocorrendo em muitos lugares um grande movimento uma obra de reavivamento. Nosso povo cerrou fileiras correspondendo ao chamado de Deus. Meus irmãos, o Senhor está a falar-nos. Não Lhe atenderemos à voz? Não espevitaremos nossas lâmpadas, e agiremos como homens que aguardam a vinda de seu Senhor? O tempo é daqueles que requerem portadores de luz, pedem ação. CI 367 3 "Rogo-vos pois", irmãos, "que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz". Efésios 4:1-3. -- Mensagens Escolhidas 2:402. CI 367 4 A recompensa dos fiéis -- Meu irmão, minha irmã, insisto em que se preparem para a vinda de Cristo nas nuvens do céu. Dia a dia tirem do coração o amor do mundo. Aprendam por experiência própria o que significa ter comunhão com Cristo. Preparem-se para o juízo, para que, ao vir Cristo, para Se fazer admirável em todos os que crêem, vocês estejam entre os que O encontrarão em paz. Naquele dia, os remidos brilharão na glória do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestiais, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. CI 367 5 A ressurreição e ascensão de nosso Senhor é uma prova segura do triunfo final dos santos de Deus sobre a morte e a sepultura, e um penhor de que o Céu está aberto para os que lavaram as vestes do caráter e as branquearam no sangue do Cordeiro. Jesus subiu para o Pai como representante da raça humana, e Deus levará os que refletem a Sua imagem a contemplar a Sua glória e dela participar. CI 367 6 Há ali casas para os peregrinos da Terra. Há vestes para os justos, com coroas de glória e palmas de vitória. Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com júbilo inexprimível e repleto de glória. CI 368 1 A dor não pode existir na atmosfera do Céu. No lar dos remidos, não haverá lágrimas, nenhum cortejo fúnebre, nenhuma exteriorização de luto. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade". Isaías 33:24. Uma rica maré de felicidade fluirá e aprofundar-se-á ao avançar a eternidade. [...] CI 368 2 Não demorará muito até vermos Aquele em quem se centralizam as nossas esperanças de vida eterna. E em Sua presença, todas as provações e sofrimentos desta vida serão como nada. "Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará". Hebreus 10:35-37. Olhemos para cima, olhemos para cima, e deixemos que a nossa fé aumente continuamente. Permitamos que essa fé nos guie pelo caminho estreito que, através dos portais da cidade de Deus, conduz ao grande além, ao amplo, ilimitado futuro de glória destinado aos remidos. "Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima". Tiago 5:7, 8. -- Testimonies for the Church 9:285-288. CI 368 3 "Ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos". 1 João 3:2. CI 368 4 Então, nos resultados de Sua obra, Cristo contemplará Sua recompensa. Naquela grande multidão que ninguém pode contar, apresentada como "irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória" (Judas 24), Aquele cujo sangue nos redimiu e cuja vida nos ensinou, verá o "trabalho da Sua alma [...] e ficará satisfeito". Isaías 53:11. -- Educação, 309. CI 368 5 Uma última palavra de coragem e confiança -- Não espero viver muito. [...] Não penso que eu tenha mais Testemunhos para nosso povo. Nossos homens de sólida mentalidade sabem o que convém ao reerguimento e edificação da obra. Mas, com o amor de Deus no coração, necessitam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas divinas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 547, 548. CI 368 6 Ao recapitular a nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até ao nosso estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada. -- Mensagens Escolhidas 3:162. ------------------------Conselhos aos Idosos CId 7 1 O como e o porquê deste livro CId 13 1 Capítulo 1 -- Pioneiros adventistas CId 31 1 Capítulo 2 -- Utilidade dos obreiros idosos CId 44 1 Capítulo 3 -- Associação de jovens com idosos CId 52 1 Capítulo 4 -- Obrigação dos filhos para com os pais idosos CId 57 1 Capítulo 5 -- O cuidado dos idosos CId 67 1 Capítulo 6 -- Advertências a pessoas idosas CId 83 1 Capítulo 7 -- Mordomia enquanto se vive CId 100 1 Capítulo 8 -- A importância dos testamentos CId 111 1 Capítulo 9 -- Casar de novo em idade avançada CId 123 1 Capítulo 10 -- Conservando as energias da vida CId 135 1 Capítulo 11 -- Fortaleza na aflição CId 146 0 Capítulo 12 -- Segurança e conforto aos que enfrentam a morte CId 158 1 Capítulo 13 -- A hora da aflição CId 166 1 Capítulo 14 -- Lições tiradas de personagens Bíblicos CId 185 1 Apêndice A CId 191 1 Apêndice B CId 216 1 Apêndice C CId 223 0 Apêndice D ------------------------O como e o porquê deste livro CId 7 1 Eventualmente, todos nós chegaremos a uma idade em que vamos precisar diminuir um pouco nossas atividades e entregá-las a mãos e corações mais jovens. Quando este tempo chegar, por causa das mudanças das necessidades emocionais, físicas e espirituais, alguns de nós precisarão do auxílio e conselho de pastores experientes, de profissionais da medicina e de gerontologistas. Felizmente, tais auxílios existem em abundância nos dias de hoje. Centenas de livros, revistas e séries de palestras úteis estão à disposição das pessoas com cinqüenta anos de idade, ou mais, e dos clubes de aposentados que surgem por toda a parte. CId 7 2 A imprensa da Igreja Adventista do Sétimo Dia também preparou uma séries de volumes voltados para a leitura dos mais idosos, e todos eles são bons. Nunca antes, porém, os recursos e a ajuda contidos nos escritos de Ellen White foram reunidos num livro voltado para essa faixa etária. CId 7 3 Neste volume, Ellen White oferece muitas respostas inspiradas e inspiradoras a perguntas levantadas pelos que estão na idade de ouro. Estas gemas do pensamento foram respigadas de seus manuscritos, cartas, livros e periódicos, muitos dos quais foram escritos depois dela ter completado 65 anos de idade -- os 23 anos que vão de 1892 a 1915. CId 7 4 Ellen White teve uma vida ativa até os 87 anos. Com 64, quando a maioria das pessoas se aproxima da aposentadoria, ela servia na Austrália como conselheira e missionária junto com outros intrépidos pioneiros da igreja, com o propósito de ajudar a estabelecer uma base para a obra do Senhor naquela ilha continente. CId 8 1 No seu recém-construído lar no campus da Escola para Obreiros Cristãos (hoje Avondale College) ela escreveu a empolgante biografia de Jesus, O Desejado de Todas as Nações. Quando não escrevia, pregava nas igrejas, assistia a reuniões da Comissão da Associação e dava conselhos. Quando insistiu: "Construam um colégio segundo os padrões do Senhor", surgiu o Colégio Missionário Australiano e, novamente, quando aconselhou: "Estabeleçam um sanatório representativo nos subúrbios de Sydney", foi construída uma instituição médica. Na criação destas instituições, os líderes da igreja revelaram sua fé na orientação inspirada do dom profético. CId 8 2 Ao mesmo tempo, brotava de sua hábil pena uma torrente contínua de artigos inspiradores, cartas e conselhos que chegaram até os editores, líderes e membros leigos da igreja, não só na Austrália, mas também na Europa e nas Américas do Norte e do Sul. CId 8 3 Nos últimos quinze anos de sua vida (1900-1915), a Sra. White estava de volta aos Estados Unidos, vivendo em seu recém-adquirido lar de "Elmshaven", perto de Santa Helena, na Califórnia. Lá residindo, desejava ardentemente desfrutar o sossego e descanso de uma aposentadoria, mas o lugar de destaque que ocupava na igreja como mensageira especial do Senhor fez dela o alvo freqüente e implacável de pedidos de conselho e orientação por parte do povo de Deus. CId 8 4 A serva do Senhor achava difícil recusar tais convites, que incluíam pregações em reuniões campais, em comissões de Associações e em igrejas. Com 82 anos de idade, atravessou todo o continente norte-americano para falar na sessão da Associação Geral de 1909, realizada em Takoma Park. CId 8 5 Durante os anos de "Elmshaven", foram publicadas quase uma dúzia das suas melhores obras: Educação; A Ciência do Bom Viver; os volumes 6, 7, 8 e 9 dos Testemunhos; Atos dos Apóstolos; Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes; Obreiros Evangélicos; Life Sketches e, finalmente, após sua morte, Profetas e Reis. CId 9 1 Ellen G. White não acreditava em aposentadoria por se estar "enferrujado". Para ela, aposentadoria era "desgastar-se". Ela não era uma pessoa opressora, antes, uma mentora agraciada com um coração compreensivo e atitudes compassivas obtidas pela familiaridade íntima com o Pai celeste e Seu Filho, Jesus Cristo. Por exemplo, ela aconselhou um idoso pregador viciado em trabalho a ser temperante em seus labores porque estava se matando com tais excessos. Ela o animou a aceitar o pensamento de que havia feito jus ao privilégio de relaxar, de amadurecer para o Céu e de desfrutar alguns dos serenos e tranqüilos momentos de uma feliz aposentadoria. CId 9 2 Como Depositários, oramos para que esta coleção de cartas, artigos e mensagens da pena da dedicada serva de Deus seja uma fonte prática e nutrida de sabedoria e orientação para os que vivem seus anos de aposentadoria, bem como para os que se estão aproximando deles e desejam se apoderar mais completamente da afirmação de Cristo: "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10. Depositários do Patrimônio de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Pioneiros adventistas Respeito aos pioneiros idosos CId 13 1 Aos obreiros pioneiros idosos que estão relacionados com a obra da mensagem do terceiro anjo, desde o início, que passaram pela experiência de 1844, o Senhor diz: "Seu auxílio é necessário. Não levem uma carga que os mais novos devem carregar. É seu dever cuidar dos próprios hábitos de vida. Precisam ser sábios em usar a força física, mental e espiritual. Os que já passaram por muitas e variadas experiências devem fazer o possível para preservar suas condições, para que possam trabalhar para o Senhor, o quanto Ele permitir que permaneçam nos seus lugares, para ajudar a levar avante Sua obra." ... CId 13 2 A causa de Cristo necessita da ajuda dessas mãos idosas, obreiros idosos, que têm anos de experiência na causa de Deus; que viram o desenvolvimento e o progresso da mensagem nos seus diversos setores; que presenciaram muitos saindo para o fanatismo, compartilhando de falsas teorias, resistindo a todos os esforços feitos para deixar a luz da verdade revelar as superstições que vinham para confundir a mente e para não produzir efeito algum sobre a mensagem a qual nestes últimos dias deve ser dada na sua pureza ao povo remanescente de Deus. CId 13 3 Muitos desses experientes servos de Deus já dormem em Jesus. Que a ajuda desses que ainda estão vivos seja apreciada. Que seus testemunhos sejam valorizados. A abençoada mão do Senhor está com esses fervorosos obreiros. Ele os sustentará com o Seu braço forte, dizendo: "Apóiem-se em Mim. Serei sua fortaleza e sua grande recompensa." Os que estiveram na mensagem desde o início, que lutaram bravamente quando a batalha se tornava difícil, não devem perder agora o seu suporte. CId 14 1 O mais terno interesse deve ser nutrido para com aqueles cujo interesse vital é vinculado à causa de Deus. Não obstante suas muitas enfermidades, esses obreiros possuem talentos que os qualificam para estar na sua sorte e lugar. Deus deseja que ocupem posições de liderança em Sua obra. Permaneceram fiéis em meio aos temporais e provas e acham-se entre os mais valiosos conselheiros. Quão gratos deveríamos ser por poderem eles ainda usar seus dons no serviço do Senhor! CId 14 2 Que não se perca de vista o fato de que no passado esses fervorosos lutadores tudo sacrificaram para promover a obra. O terem-se tornado idosos e grisalhos no serviço de Deus não é razão para deixarem de exercer uma influência superior à influência de homens que têm muito menos conhecimento da causa e muito menos experiência nas coisas divinas. Embora gastos e incapazes de arcar com os encargos mais pesados do que os que os mais jovens podem e devem assumir, seu mérito como conselheiros é da mais elevada ordem. Cometeram erros, mas dos fracassos aprenderam sabedoria; aprenderam a evitar erros e perigos, e não serão eles então competentes para darem sábios conselhos? Suportaram trabalhos e provas, e embora tenham perdido parte de seu vigor, não devem ser empurrados para a margem por obreiros menos experientes que muito pouco sabem acerca da obra e do sacrifício desses pioneiros. O Senhor não os põe à margem. Ele lhes dá graça especial e conhecimento. ... CId 15 1 À medida que aqueles que gastaram sua vida no serviço do Senhor se aproximarem do fim de sua história terrestre, serão impressionados pelo Espírito Santo a contar as experiências que tiveram, relacionadas com Sua obra. O relatório de Seu procedimento com o Seu povo, da Sua grande bondade em livrá-los das provações, deve ser repetido ao novos que entram na fé. As provas que também vieram aos servos de Deus pela apostasia de alguns que estiveram unidos com eles na obra, e o trabalho do Espírito Santo para que a falsidade não tivesse qualquer efeito contra os que desde o princípio mantiveram sua confiança firme até o fim, devem ser relatados. CId 15 2 Os pioneiros que ainda vivem não devem ser colocados em postos árduos. Os que serviram ao Senhor quando a obra prosseguia árdua, que suportaram pobreza e permaneceram fiéis à verdade quando nossos números eram pequenos, devem sempre ser honrados e respeitados. Sou instruída a dizer: respeite todo crente os idosos pioneiros que suportaram provas e dificuldades e muitas privações. São os operários de Deus e desempenharam parte preeminente na estruturação de Sua obra. CId 15 3 O Senhor deseja que os obreiros mais novos ganhem sabedoria, força e maturidade pela associação com os obreiros mais velhos que se entregaram à causa. Os jovens devem compreender que, ter esses obreiros ainda com eles, é altamente favorável. Mostrem grande respeito por esses homens de cabelos brancos, que tiveram grande experiência no desenvolvimento da obra. Que eles tenham um lugar de honra nos seus concílios. Deus quer que aqueles que vieram para a verdade nos últimos anos prestem atenção nestas palavras. CId 16 1 Possa o Senhor abençoar e suster nossos obreiros idosos e experimentados. Que Ele os ajude a ser sábios quanto à preservação de suas faculdades físicas, mentais e espirituais. Fui instruída pelo Senhor a dizer a esses que apresentaram seu testemunho nos dias primitivos da mensagem: "Deus os dotou com o poder da razão, e Ele deseja que compreendam as leis relacionadas à saúde do ser, e lhes obedeçam. Não sejam imprudentes. Não trabalhem demais. Tomem tempo para repousar. Deus deseja que aceitem sua sorte e lugar, fazendo sua parte para salvar homens e mulheres de serem arrastados para baixo, pela poderosa torrente do mal. Ele deseja que enverguem a armadura até que lhes ordene depô-la. Não demorará para que recebam sua recompensa." -- Testemunhos Para a Igreja 7:286-289. Vívidas memórias do passado CId 16 2 Chegamos no acampamento de Siracusa, Nova Iorque, em 20 de Agosto e, no dia seguinte, uma quinta-feira, alegramo-nos ao cumprimentar o Pastor U. Smith e sua esposa. Lá encontramos o Pastor Wheeler, com quem nos familiarizamos em New Hampshire, faz trinta anos. Lá estava o Pastor Cottrell que conhecemos há trinta anos, o Pastor Taylor, há mais de vinte e cinco, o irmão Robinson, há trinta e cinco. Meu coração se comoveu ao ver estes irmãos que por longo tempo permaneceram na defesa da fé CId 16 3 Mais de uma vintena de anos se foi para a eternidade com seus registros desde que esses homens se tornaram soldados da cruz; mas a experiência deles nos primórdios da causa de Deus nunca perdeu seu brilho. À medida que seus pensamentos se demoravam no passado, as chamas do amor e da fé ardiam novamente em seu coração. Eles podiam dizer com João: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida, ... o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco." 1 João 1:1, 3. CId 17 1 Estavam presentes também outros a quem devotamos alta estima, amigos provados da causa, nossos conhecidos de muitos anos. Vimos suas faces brilharem com vívida certeza ao ouvirem a apresentação da verdade que conservou aquecido seu coração durante todos esses anos. Estes irmãos e irmãs têm um pensamento acurado e pessoal dos acontecimentos de vinte e mais anos atrás. Alguns deles testemunharam manifestações extraordinárias do poder de Deus nos tempos de nossas grandes provações e necessidades, quando o número dos nossos membros era pequeno, quando a oposição era forte e tínhamos de enfrentar objeções irrazoáveis. Enquanto fatos ocorridos há apenas uma semana podem ser esquecidos, estas cenas de interesse emocionante ainda vivem na memória. CId 17 2 Seja o que for que possa ser dito das fases posteriores da vida deles, sua experiência primitiva no trabalho jamais poderá ser apagada. Não podemos deixar de olhar para essas idosas sentinelas. Pela pena e pela voz, eles anunciaram as preciosas palavras desta verdade, e deveriam ser animados a ainda fazer tudo o que puderem em favor da causa de Deus através de sua influência, seus conselhos e experiência. Muitos obreiros jovens estão tomando o lugar deles no serviço ativo, e isto é correto, mas tenham esses moços um cálido lugar no coração e nos concílios para aqueles cujas cabeças embranqueceram no serviço de Cristo. Queremos ver esses homens conservarem a armadura e conduzir a batalha até os portais da fortaleza. Queremos vê-los partilhar com os soldados mais jovens os triunfos da vitória final. Quando terminar o conflito, sem dúvida que desejamos vê-los coroados e honrados entre os vitoriosos. -- The Review and Herald, 28 de Outubro 1884. Os mortos ainda falam CId 18 1 Às duas horas da tarde falei a uma casa cheia [em Adam's Center, Nova Iorque]... Tivemos prazer em encontrar-nos com os servos idosos de Deus, nessa ocasião. Desde o surgimento da mensagem do terceiro anjo conhecemos o Pastor [Frederico] Wheeler, que agora se aproxima dos oitenta anos de idade. Conhecemos os Pastores [H. H.] Wilcox e [Carlos O.] Taylor há quarenta anos. A idade está-se fazendo sentir nesses idosos porta-estandartes, assim como em mim. Se formos fiéis até ao fim, o Senhor nos dará uma imarcescível coroa de vida. CId 18 2 Os porta-estandartes idosos estão longe de ser inúteis e deverem ser postos à margem. Têm a desempenhar na obra um papel semelhante ao de João. Podem dizer: citado 1 João 1:1-7. CId 18 3 Este era o espírito e a vida da mensagem que João apresentou a todos quando já idoso, aproximando-se dos cem anos de idade. Os porta-estandartes empunham firmes as suas bandeiras. Não afrouxam as mãos que empunham o pavilhão da verdade, até que deponham a armadura. Uma a uma as vozes dos velhos guerreiros silenciam. Vaga o seu lugar. Não os vemos mais, mas eles, mortos ainda falam, pois seguem-nos as suas obras. Tratemos com muita ternura os poucos peregrinos idosos que restam, tendo-os em alta estima, por amor de suas obras. Ao tornarem-se as suas faculdades gastas e debilitadas, é de valor o que dizem. Sejam entesouradas suas palavras, como testemunho precioso. Que os jovens e os novos obreiros não desprezem, ou em qualquer sentido mostrem indiferença para com os homens de cabelos brancos, mas se levantem e lhes chamem bem-aventurados. Devem considerar que eles mesmos entraram nos trabalhos desses homens. Desejaríamos que houvesse muito mais do amor de Cristo no coração de nossos crentes, por aqueles que foram os primeiros na proclamação da mensagem. -- Mensagens Escolhidas 2:223, 224. Profunda apreciação pelos primeiros portadores de responsabilidades CId 19 1 Conquanto esteja ansioso por fazer tudo que pode, lembre-se, Pastor Haskell, que é unicamente pela grande misericórdia e graça de Deus que o irmão foi poupado estes muitos anos, para dar seu testemunho. Não tome sobre si cargas que outros, mais jovens, possam levar. ... CId 19 2 Muitos dos experimentados servos de Deus adormeceram em Jesus. Grandemente apreciamos o auxílio dos que vivem ainda hoje. Avaliamos o seu testemunho. Leia o primeiro capítulo de I João, e então louve ao Senhor por isso que, não obstante suas muitas enfermidades, pode ainda testificar dEle. ... CId 19 3 Podemos facilmente contar os primeiros portadores de responsabilidades que ainda vivem [1902]. Pastor [Urias] Smith ligou-se a nós no princípio da obra publicadora. Trabalhou junto a meu marido. Esperamos ver sempre seu nome na Review and Herald, encabeçando a lista dos redatores, pois assim deve ser. Os que iniciaram a obra, que combateram bravamente quando a peleja era árdua, não devem agora perder sua firmeza. Devem ser honrados pelos que entraram para a obra depois de haverem sido suportadas as privações mais duras. CId 20 1 Tenho muita simpatia para com o Pastor Smith. Meu interesse vital na obra de publicações está ligado ao dele. Veio ele ter conosco quando jovem, possuindo talentos que o habilitavam para ocupar o lugar de redator. Como me alegro quando leio os seus artigos na Review -- tão excelentes, tão repletos de verdade espiritual! Dou graças a Deus por eles. Sinto forte simpatia pelo Pastor Smith, e creio que seu nome deve sempre aparecer na Review, como redator principal. Assim Deus deseja. Quando, alguns anos atrás, seu nome foi colocado em segundo lugar, senti-me ferida. Quando de novo foi colocado em primeiro lugar, chorei, e disse: "Graças a Deus!" Oxalá fique sempre ali, como Deus deseja que continue, enquanto a mão direita do Pastor Smith puder empunhar uma pena. E quando faltar o poder de sua mão, que seus filhos escrevam, ditando-lhes ele. CId 20 2 Sou grata por poder ainda o Pastor [J. N.] Loughborough usar suas habilitações e dons na causa de Deus. Ele tem ficado fiel em meio de tempestades e provações. Com o Pastor Smith, meu esposo, irmão Butler, que se nos uniu mais tarde, e você [S. N. Haskell], pode ele dizer: "O que era desde o princípio, ... o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo." 1 João 1:1-3. -- Mensagens Escolhidas 2:224-226. Reimprimir artigos de pioneiros CId 21 1 As mensagens que recebemos do Céu são verdadeiras e fiéis. Quando alguém se esforça para introduzir novas teorias que não são a verdade, os ministros de Deus devem advertir claramente contra elas, mostrando onde, se recebidas, influenciariam o povo de Deus. Os que receberam a luz da verdade presente não deveriam ser facilmente enganados, nem se deixarem desviar do caminho verdadeiro, enveredando por estranhos. Os atalaias devem estar atentos para discernir o resultado de todo o arrazoamento enganoso, porque surgirão sérios erros para desviarem o povo de Deus. ... CId 21 2 Quando surgirem pessoas querendo mover um ponto ou pilar do fundamento que Deus estabeleceu pelo Seu Santo Espírito, deixem falar claramente os idosos que foram pioneiros em nossa obra, e que falem também aqueles que já estão mortos, reimprimindo seus artigos em nossos periódicos. Juntem-se os raios da divina luz dada por Deus para guiar Seu povo passo a passo no caminho da verdade. Esta verdade resistirá às provas do tempo e da tormenta. -- Manuscrito 62, 1905. G. I. Butler, obreiro muito valioso CId 21 3 É com sentimentos de satisfação e gratidão a Deus que vemos o Pastor [G. I. Butler] de novo no serviço ativo. Seu cabelo grisalho testifica que ele sabe o que são aflições. Damos-lhe as boas-vindas de novo em nossas fileiras, e o consideramos um dos mais valiosos obreiros. CId 22 1 Queira o Senhor ajudar os irmãos que deram seu testemunho nos primeiros dias da mensagem, a fim de que sejam prudentes quanto à preservação de suas faculdades físicas, mentais e espirituais. Fui instruída pelo Senhor para dizer que Ele os dotou da faculdade da razão, e Ele deseja que compreendam as leis que afetam a saúde do ser, e resolvam obedecer-lhes. Essas leis são leis divinas. Deus deseja que todo obreiro pioneiro ocupe o seu lugar, a fim de que possa fazer sua parte em salvar o povo de ser arrastado para a perdição, pela poderosa corrente do mal da depravação física, mental e espiritual. Meus irmãos, Ele deseja que continuem revestidos da armadura até ao último final do conflito. Não sejam imprudentes; não se excedam no trabalho. Observem períodos de repouso. CId 22 2 A igreja militante não é a igreja triunfante. O Senhor deseja que Seus provados servos, enquanto viverem, defendam a reforma da temperança. Desdobrem a bandeira da temperança. Ensinem o povo a praticar estrita temperança em todas as coisas, e serem campeões em favor da obediência às leis físicas. Fiquem firmes em favor da verdade de Deus. Exaltem perante o povo a bandeira que traz a inscrição: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. ... CId 22 3 Uns poucos dos velhos porta-estandartes vivem ainda. Estou intensamente desejosa de que nossos irmãos e irmãs respeitem e honrem esses pioneiros. Apresentamo-los perante vocês como homens que sabem o que são provações. Sou instruída a dizer: Respeite todo crente os homens que desempenharam parte importante nos primeiros dias da mensagem, e que suportaram provas e dificuldades e muitas privações. Esses homens encaneceram no serviço. Não demorará, hão de receber sua recompensa. ... CId 23 1 O Senhor deseja que Seus servos, que encaneceram na defesa da verdade, continuem fiéis e verdadeiros, dando seu testemunho em favor da lei. CId 23 2 Os provados servos de Deus não devem ser colocados em lugares difíceis. Os que serviram ao Mestre quando a obra era árdua, os que suportaram pobreza e permaneceram fiéis no amor da verdade quando nossos membros eram pouco numerosos, devem sempre ser honrados e respeitados. Que os que vieram para a verdade em anos posteriores levem a sério essas palavras. Deus deseja que todos considerem este conselho. -- Mensagens Escolhidas 2:226, 227; Carta 47, 1902. Envelhecer cheio de graça CId 23 3 Irmão Butler: Que nós -- você, o irmão Haskell e eu -- envelheçamos cheios de graça. Deus deseja que permaneça diante dEle como um portador de luz. Encorajemo-nos um ao outro. Recebi mensagens para levar ao errante, mas nem por causa disto perdi meu interesse no reprovado: continuo a encorajá-lo. CId 23 4 "Amai como irmãos, sede misericordiosos, sede corteses." Precisamos agora, exatamente agora, receber o Espírito Santo. Lidando conosco, o Senhor Jesus tem muito que suportar. Ele Se sente ferido quando ferimos outros. "Em verdade vos afirmo", disse Jesus, "que sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes". Mateus 25:40. ... CId 24 1 Os ministros idosos devem ser tratados cuidadosa e carinhosamente. Não podemos dispensar qualquer deles. O Senhor deseja que eles se ajudem uns aos outros e se regozijem nEle. Esses guerreiros experimentados devem fortalecer a fé do povo de Deus, contando suas experiências em conexão com o desenvolvimento da Sua obra. -- Carta 111a, 1904. Envelhecendo, mas continuando a testificar CId 24 2 Prezado irmão [G. I.] Butler: ... Muito desejo que os velhos soldados, encanecidos no serviço do Mestre, continuem a apresentar seu testemunho incisivo, para que os mais novos na fé compreendam que as mensagens que o Senhor nos deu no passado são muito importantes neste período da história da Terra. Nossa experiência passada não perdeu um jota de sua força. Dou graças a Deus por todo jota e til da Palavra Sagrada. Eu não desejaria recuar das partes difíceis de nossa experiência. CId 24 3 O irmão não deve trabalhar além de suas forças. Suponho que no futuro nossa experiência há de ser variada; mas penso que você e eu, ao envelhecer no serviço de Cristo, cumprindo Sua vontade, estamos obtendo uma experiência do mais alto valor e mais intenso interesse. CId 24 4 Os juízos do Senhor estão na Terra. Temos de trabalhar com sincera fidelidade, pondo todo o nosso ser naquilo que fazemos para ajudar os outros a prosseguirem para a frente e para cima. Levemos a batalha até às portas. Estejamos sempre dispostos a falar palavras de animação aos indecisos e cansados. Só poderemos andar seguramente se andarmos com Cristo. Que coisa alguma o desalente. Ajude aqueles com quem entra em contato a trabalhar com fidelidade. CId 25 1 Espero que futuramente eu possa encontrar-me com o irmão em algumas de nossas reuniões. Você e eu fazemos parte dos mais idosos dos que vivem, que mantiveram a fé por muito tempo. Se não vivermos o bastante para ver o aparecimento de nosso Senhor, todavia, tendo feito a obra que nos foi designada, deporemos nossa armadura com santificada dignidade. Façamos o melhor que pudermos, e façamo-lo com fé e esperança. Meu coração está cheio de gratidão ao Senhor, por me haver por tanto tempo poupado a vida. Minha mão direita ainda pode discorrer sobre assuntos de verdades bíblicas sem tremer. Diga a todos que a mão da irmã White ainda escreve palavras de instrução para o povo. Estou completando outro livro sobre história do Antigo Testamento [Profetas e Reis]. CId 25 2 Que o Senhor o abençoe e guarde, com esperança e ânimo. -- Mensagens Escolhidas 2:229, 230; Carta 130, 1910. Guardar a memória de pioneiros CId 25 3 À medida que avançavam com abnegação e sacrifício próprio, Deus deu Suas bênçãos aos que se dedicaram à obra no princípio da mensagem. Eles tiveram que aprender muito, cometeram seus erros, e precisaram de contínua orientação e conselho, mas tiveram razões para gratidão constante porque a obra avançou a despeito da pobreza e da falta de facilidades. Eles envidaram todos os esforços para fazer desta causa um sucesso, para construir os edifícios necessários ao desenvolvimento adequado da obra; e sob todas as circunstâncias o Senhor os guiou. CId 25 4 Os que entram na obra mais tarde e encontram as coisas prontas nas suas mãos, deveriam pelo menos esforçar-se para pagar o débito que têm para com o Senhor e os obreiros que viveram antes deles, levando a verdade para novos territórios, até que chegue a todas as nações, tribo língua e povo. Em todos os países se devem despertar homens e mulheres para levar avante a mesma obra começada pelos que foram postos de lado pelo descanso. A memória desses pioneiros deve ser conservada e, dos tesouros da sua experiência, os obreiros de hoje devem aprender a passar de uma linha do trabalho avançado para outra, seguindo os métodos declarados pelo Espírito Santo em harmonia com Deus e sustentando os princípios ordenados na Palavra, levando o combate ativo a novos campos. -- GCB, Terceiro Trimestre, 1900, pág. 164. Evitar críticas aos pioneiros CId 26 1 Vi que Deus Se desagrada da disposição de algumas pessoas para murmurar contra aqueles que travaram os mais árduos combates por elas, e que suportaram tanto no começo da mensagem, quando a obra era árdua. Deus considera os obreiros experientes, que trabalharam muito sob o peso de opressivas responsabilidades, quando não havia senão poucos para ajudar a fazer face às mesmas. Ele tem um zeloso cuidado por aqueles que se têm demonstrado fiéis. Desagradam-Lhe os que estão prontos a criticar e a reprovar os servos de Deus que encaneceram na edificação da causa da verdade presente. -- Testemunhos Para a Igreja 3:320, 321. CId 26 2 Que ninguém deprecie os que foram escolhidos de Deus, que lutaram varonilmente as batalhas do Senhor, os que entreteceram seu coração, alma e vida na causa e na obra de Deus, que morreram na fé e que são participantes da grande salvação comprada para nós pelo nosso Salvador que levou os nossos pecados e nos deu o Seu perdão. Deus não entregou a homem algum a tarefa de reproduzir as falhas deles e de apresentar seus erros a um mundo que jaz na impiedade e a uma igreja composta de muitos que são fracos na fé. CId 27 1 Deus não colocou sobre homem algum o encargo de reviver faltas e erros de vivos ou mortos. Ele quer que Seus obreiros apresentem a verdade para este tempo. Não se fale dos erros de irmãos que estejam vives, e silencie-se sobre as faltas dos que estão mortos. Que os erros e faltas deles fiquem onde Deus os colocou lançados nas profundezas do mar. Quanto menos for dito pelos que professam crer na presente verdade a respeito das faltas e erros dos servos de Deus, tanto melhor será para sua própria alma e para as dos que Cristo comprou com Seu próprio sangue. -- The Review and Herald, 30 de Novembro de 1897. Encorajemo-nos uns aos outros CId 27 2 Desejo grandemente que os velhos soldados da cruz, aqueles que encaneceram no serviço do Mestre, continuem a dar seu testemunho fiel a fim de que os mais novos na fé compreendam que as mensagens que o Senhor nos deu no passado são muito importantes nesta etapa da história terrestre. Nossa experiência passada não perdeu um jota de sua força. CId 27 3 Cuidem todos em não desanimar os pioneiros, ou fazê-los sentir que pouco há que possam fazer. Sua influência pode ser ainda poderosamente exercida na obra do Senhor. O testemunho dos pastores idosos será sempre um auxílio e uma bênção para a igreja. Deus velará por Seus provados e fiéis porta-bandeiras, dia e noite, até que chegue o tempo de deporem sua armadura. Fiquem eles certos de que se encontram sob o protetor cuidado dAquele que não tosqueneja nem dorme; que são velados por infatigáveis sentinelas. Sabendo isto, e compreendendo que estão em Cristo, podem descansar confiantemente nas providências de Deus. CId 28 1 Oro fervorosamente para que a obra que fazemos a este tempo se grave profundamente no coração, mente e alma. Aumentarão as perplexidades; como crentes em Deus, porém, encorajemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a bandeira, antes conservemo-la alçada bem alto, olhando Àquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Quando, durante a noite, não consigo dormir, ergo o coração a Deus em oração e Ele me fortalece e dá certeza de que está com Seus servos a ministrarem no campo pátrio e nas terras distantes. Sou animada e beneficiada ao compreender que o Deus de Israel ainda guia Seu povo, e que continuará a ser com eles, até ao fim. CId 28 2 Sou instruída a dizer aos irmãos que ministram: Sejam as mensagens que saem de seus lábios cheias do poder do Espírito de Deus. Se já houve um tempo em que necessitássemos da guia especial do Espírito Santo, esse tempo é o atual. Necessitamos de inteira consagração. É mais que tempo de darmos ao mundo uma demonstração do poder de Deus em nossa própria vida e em nosso ministério. CId 29 1 O Senhor deseja ver a obra da proclamação da mensagem do terceiro anjo sendo levada avante com eficiência crescente. Como Ele trabalhou em todas as épocas para dar vitórias a Seu povo, assim neste século almeja Ele levar a triunfante cumprimento Seus desígnios para Sua igreja. Ordena a Seus santos crentes que avancem unidos, indo de força para força maior, da fé a mais certeza e confiança na verdade e justiça de Sua causa. CId 29 2 Devemos ficar firmes qual rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Ele está conosco para dar-nos poder para enfrentar cada novo acontecimento. Mantenhamos sempre em nossa vida os princípios da justiça, para irmos adiante de força em força no nome do Senhor. Devemos conservar como deveras sagrada a fé que foi consolidada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus, desde nossa experiência inicial até os nossos dias. Devemos guardar cuidadosamente, como preciosíssima, a obra que o Senhor tem estado a levar adiante por meio de Seu povo observador dos mandamentos, e que pelo poder de Sua graça, tornar-se-á mais vigorosa e eficiente à medida que o tempo avança. O inimigo está procurando obscurecer o discernimento do povo de Deus, e enfraquecer sua eficiência, mas caso eles trabalhem segundo a direção do Espírito de Deus, Ele abrirá diante deles portas de oportunidade para a obra de restaurar os lugares assolados. Sua vida cristã será de constante desenvolvimento, até que o Senhor desça do Céu com poder e grande glória para pôr Seu selo de final triunfo sobre os Seus fiéis. CId 29 3 A obra que está perante nós é daquelas que põem em tensão toda faculdade do ser humano. Isto exigirá o exercício de vigorosa fé e vigilância constante. Por vezes as dificuldades que teremos de enfrentar serão muito desencorajadoras. A própria grandeza da tarefa nos aterrará. Todavia, com o auxílio de Deus, Seus servos hão de finalmente triunfar. "Portanto", meus irmãos, pelo que "não desfaleçam" (Efésios 3:13) por causa dos decisivos acontecimentos que se acham diante de vocês. Jesus estará com vocês; Ele irá adiante de vocês por meio de Seu Espírito Santo, preparando o caminho; e Ele será seu ajudador em toda emergência. -- Mensagens Escolhidas 2:406-408. ------------------------Capítulo 2 -- Utilidade dos obreiros idosos Os obreiros idosos não estão dispensados do serviço CId 31 1 Espero que nenhum dos que estiveram empenhados há muito tempo na obra pense que, por estar ficando velho, está incapacitado para o serviço. Espero que fiquem de pé para levar sua mensagem tanto tempo quanto tiverem a evidência de que o Senhor os está ajudando. Edson [o segundo filho de Ellen G. White], anime os homens que há muito tempo levam encargos na nossa obra. Embora a memória deles possa falhar um pouco por causa da idade avançada, respeite-os e, seguramente, o Senhor o abençoará. Que obreiro idoso algum, embora já esteja velho e grisalho, pense que está dispensado do serviço. Seja o trabalho levado com simplicidade. Seguramente temos o Senhor em quem podemos confiar. -- Carta 102, 1910. Obreiros idosos necessitados nas crises CId 31 2 Deus nunca deixa o mundo sem homens que sabem discernir entre o bem e o mal, a justiça e a injustiça. Nos tempos de emergência Ele tem os que designou para permanecer na linha de frente da batalha. Em tempos de crise, Ele vai despertar homens como fez no passado. Ordena-se aos jovens que se unam aos idosos porta-estandartes para que sejam fortalecidos e ensinados pela experiência desses fiéis que passaram por tantos conflitos e a quem, através dos testemunhos do Seu Espírito, Deus falou tantas vezes, apontando o caminho certo e condenando o errado. Quando surgirem perigos que provam a fé do povo de Deus, esses pioneiros devem recontar as experiências do passado, quando vieram essas mesmas crises, quando a verdade foi questionada e quando apareceram sentimentos estranhos que não procediam de Deus. CId 32 1 Precisa-se agora da experiência dos idosos porque Satanás está atento a toda oportunidade que tiver para que se desprezem os antigos marcos -- os monumentos que foram levantados ao longo do caminho. Precisamos da experiência daqueles que, através de maus ou bons relatórios, se apegaram à verdade; de homens que não construíram suas casas sobre a areia, mas sobre a sólida rocha. -- The Review and Herald, 19 de Novembro de 1903. Eles sabem como ajudar outros CId 32 2 Os idosos porta-estandartes da causa de Deus estão longe de serem inúteis. Os que mantiveram o começo da sua confiança firme até o fim não devem ser contados como segundos ou terceiros na obra do Senhor. Eles não devem ser postos de lado como se tivessem ultrapassado sua utilidade. Deus tem uma parte importante para eles na Sua obra. Aprendendo de Cristo, eles obtiveram uma rica experiência. Quando deram passos errados, não recusaram a correção. Quando se desviaram dos caminhos que Cristo palmilhou, permitiram que Ele os trouxesse de volta. Desta forma, aprenderam como ajudar os outros. -- Manuscrito 92, 1903. CId 32 3 Os que envelheceram e encaneceram no serviço do Senhor não devem ser marginalizados pelos obreiros de menos experiência que sabem muito pouco a respeito do trabalho e da abnegação destes pioneiros. ... Os que tiverem tais obreiros entre eles são altamente favorecidos. Os que forem comissionados pelo Senhor para fazer uma grande e importante obra, uma obra que deixe impressões para o bem ou para o mal neste mundo, dependendo da maneira como for executada, precisam buscar o conselho dos que foram instruídos pelo Senhor. -- Manuscrito 117a, 1901. Os obreiros idosos dão sábios conselhos CId 33 1 A mais terna consideração deve ser dispensada a todos aqueles cujos interesses da vida estiveram ligados com a obra de Deus. Esses obreiros idosos têm permanecido fiéis em meio a tempestades e provas. Podem ter enfermidades, mas possuem ainda talentos que os qualificam para permanecer em seu lugar na causa de Deus. Embora gastos, incapazes de levar os encargos mais pesados que os mais jovens podem e devem levar, seus conselhos são do mais alto valor. CId 33 2 Podem eles ter cometido erros, mas de suas falhas aprenderam a evitar erros e perigos; e não são ainda assim competentes para dar sábios conselhos? Suportaram provas e aflições, e embora tenham perdido parte de seu vigor, o Senhor não os põe de lado. Ele lhes dá especial graça e sabedoria. CId 33 3 Os que serviram seu Mestre quando a obra era difícil, que suportaram a pobreza e permaneceram fiéis quando poucos havia ao lado da verdade, devem ser honrados e respeitados. O Senhor deseja que os obreiros mais jovens ganhem sabedoria, fortaleza e maturidade pela associação com esses homens fiéis. Que os homens mais jovens sintam que ter entre eles tais obreiros lhes representa um alto favor. Dêem-lhes um lugar de honra em seus concílios. CId 34 1 Quando os que gastaram sua vida no serviço de Cristo se aproximam do fim de seu ministério terrestre, são impressionados pelo Espírito Santo a referir as experiências que tiveram em relação com a obra de Deus. O relato de Seu maravilhoso trato com Seu povo, de Sua grande bondade em livrá-lo das provas, deveria ser repetido aos recém-vindos à fé. Deus deseja que os velhos e provados obreiros permaneçam em seus lugares, fazendo sua parte para livrar homens e mulheres de serem varridos pela poderosa corrente do mal, e deseja que conservem a armadura até que lhes ordene depô-la. -- Atos dos Apóstolos, 573, 574. Graça especial e conhecimento CId 34 2 O Senhor deu graça especial e conhecimento aos homens idosos que tiveram uma experiência na obra desde seus primórdios e que acompanharam o desenvolvimento dela nas suas diversas linhas de progresso. Que estes homens sejam apreciados e respeitados. Não se perca de vista o fato deles terem sacrificado tudo para o avanço da obra. O fato de terem envelhecido não serve de motivo para deixarem de exercer uma influência superior à daqueles que têm muito menos estudo da Palavra, muito menos experiência nas coisas divinas, e muito menos conhecimento das comunicações de Cristo ao Seu povo. CId 34 3 Fui instruída que não se deve mostrar indiferença nem desrespeitar esses pioneiros que suportaram as cargas da obra. São obreiros de Deus e tiveram parte proeminente no estabelecimento da obra que hoje deve ser semelhante ao modelo que lhes foi mostrado no monte. -- Manuscrito 34, 1901. Ministros idosos devem falar nas reuniões campais CId 35 1 Em 1890 me foi dada a seguinte mensagem para ser entregue ao nosso povo: CId 35 2 "Cometeu-se um erro ao colocar jovens na frente para falar em nossas reuniões campais, diante de grandes congregações, quando não tinham mensagens vitais para apresentar que fossem apropriadas para a ocasião. Tempo precioso foi ocupado pelos que, eles mesmos, não conheciam a verdadeira mensagem para este tempo. Pioneiros na causa -- homens que tinham o pão da vida para dar ao povo, homens cujo coração e mente estavam repletos das verdades vitais necessitadas por centenas e milhares de pessoas reunidas permaneceram sentados, escutando jovens pregadores que não podiam fazer jus à ocasião. Nem metade do trabalho se fez nesta apresentação da mensagem evangélica." CId 35 3 Agora, sou convocada a apresentar uma mensagem semelhante às nossas igrejas. Nossos idosos irmãos ministrantes não devem ser sobrecarregados, mas, quando estiverem em qualquer das nossas igrejas, os que a ela pertencem deveriam lembrar-se de que é sempre cortês lhes pedir que falem. É simplesmente uma demonstração de respeito a esses homens dizer-lhes: "Irmãos, são mais antigos na fé do que nós. Não têm uma mensagem do Senhor para nós, nesta ocasião?" CId 35 4 O tempo desses obreiros é precioso. Eles têm palavras de que o povo precisa. Quando lhes vierem visitar, dêem-lhes todo o tempo que puderem preencher. Façam arranjos que permitam obter deles toda a ajuda possível durante sua estadia. CId 36 1 Nas nossas reuniões campais, quando se reúnem grandes congregações, o tempo dedicado às pregações públicas deveria ser ocupado, tanto quanto possível, por obreiros idosos e experientes que têm a palavra do evangelho para apresentar. Não coloquem diante de grandes congregações um jovem que ainda não foi provado. Ele pode fazer o seu melhor, mas suas palavras não têm o peso das de homens de cabelos grisalhos, que têm longa experiência no serviço ativo e que, compreendendo as profundas coisas de Deus, podem apresentá-las com clareza e poder. CId 36 2 Faz-se grande mal a um jovem, colocando-o diante de uma grande congregação antes de ter sido provado. Não deixaria a melhor impressão na mente dos ouvintes. CId 36 3 Em nossas reuniões campais, chamem para a frente homens de longa experiência e do melhor talento -- homens que podem impressionar corações ao apresentar claramente a forte razão da nossa fé, homens que obedecem às palavras: "Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus." Efésios 6:14-17. CId 36 4 Nossas reuniões campais não são feitas com o propósito de colocar homens em exibição, para demonstrar suas capacidades. O povo se reuniu para receber bens espirituais. Há no meio dele os que estão sedentos da água da vida. Dêem-lhes a oportunidade de beberem até que saciem sua sede. Deixem-nos ouvir uma mensagem cheia do amor de Deus. Deixem-nos ter a oportunidade de escutar homens de talento maduro, homens educados e treinados por Deus. A mente destes homens está repleta da verdade que o povo de Deus precisa. Não apresentem homens que não foram provados, deixando silenciosos em seus assentos os que têm a Palavra de Deus ardendo em sua alma e que nunca mais terão a oportunidade de lhes dar a mensagem. Dêem a esses experientes guerreiros todas as oportunidades para falar e serem utilizados sem sobrecarregá-los; porque eles podem apresentar as verdades que são os genuínos pilares da nossa fé. CId 37 1 Os jovens ministros não devem pensar que, por não serem convidados para falar à grande congregação, nada há que possam fazer. Existe trabalho para todos. Cuidem eles das tendas menores. Que os ocupantes de várias tendas se reúnam para encontros sociais e de oração numa só. Em reuniões como estas, os jovens ministros podem fazer um bom trabalho. Falem algumas palavras diretamente ao ponto e, então, dêem aos presentes oportunidade para falarem também. Todo o nosso povo deveria aprender a dar testemunhos para Deus em reuniões sociais. CId 37 2 Que os ministros mais jovens trabalhem pelas crianças e pelos jovens, promovendo reuniões especiais para eles, e com eles fazendo trabalho pessoal. CId 37 3 Que os idosos porta-estandartes vão de lugar em lugar, de reunião em reunião para que nosso povo tenha o benefício da longa experiência deles. Que falem da verdade com todas as suas forças, mas se assegurem de que seus pés estejam calçados com a preparação do evangelho da paz. Que apresentem a verdade não de maneira a despertar maus sentimentos no coração humano, mas em amor, mansidão e compaixão. "Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, ... completai a minha alegria de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo." Filipenses 2:1-3. CId 38 1 Ao nosso povo como um todo e aos nossos obreiros mais jovens e menos experientes, estou instruída a dizer: "Seja visto claramente que respeitam e honram nossos obreiros mais idosos, de cabelos brancos, que prestaram um longo e fiel trabalho na causa de Deus e que são reconhecidos e honrados nas cortes celestiais como colaboradores de Deus." -- Carta 152, 1903. O campo pátrio necessita dos obreiros experientes CId 38 2 Caros irmão e irmã Haskell: ... Hoje tive uma entrevista com o Pastor Loughborough com respeito à sua ida para a Austrália. Disse-lhe que parecia-me estarmos enviando obreiros demais do campo pátrio. Disse-lhe que as igrejas necessitavam do trabalho que ele podia fazer. Aconselhei-o a adiar sua viagem e trabalhar por algum tempo nas igrejas, animando-as e confortando-as, e pondo as coisas em ordem. Vemos a necessidade da ajuda dos idosos e experientes obreiros que estiveram ligados com a obra desde praticamente o seu início, cuja experiência nela data desde a passagem dos tempos de 1844. Precisamos da ajuda de homens que possam afirmar como João: "O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros". 1 João 1:3. -- Carta 195, 1901. CId 39 1 Não nos podemos permitir privar nosso campo missionário pátrio da influência de ministros de meia-idade e idosos e enviá-los para campos distantes, para se engajarem num trabalho para o qual não estão qualificados e para o qual quantidade alguma de treino pode capacitá-los a se adaptarem. Os que assim forem enviados deixarão vagas que os obreiros inexperientes não podem preencher. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1883. Obreiros idosos são mais produtivos que jovens CId 39 2 O verdadeiro ministro de Cristo deve fazer progresso contínuo. O sol vespertino de sua vida pode ser mais suave e produtivo do que o sol matutino. Pode continuar a aumentar em tamanho e brilho até desaparecer atrás das colinas ocidentais. Meus irmãos no ministério, é melhor, muito melhor, morrer de trabalho árduo em algum campo missionário, nacional ou estrangeiro, do que enferrujar na inatividade. Não desmaiem diante de dificuldades; não se contentem com entregarem-se a uma vida ociosa, sem estudar e sem progredir. Examinem diligentemente a Palavra de Deus, em busca de assuntos que instruam os ignorantes e alimentem o rebanho de Deus. Tornem-se tão possuídos do assunto, que sejam capazes de tirar da casa do tesouro de Sua Palavra coisas novas e velhas. CId 39 3 Sua experiência não deve contar dez, vinte ou trinta anos de idade, mas devem ter uma experiência diária e viva, a fim de que estejam aptos a dar a cada qual sua porção de alimento a seu tempo. Olhem para a frente, não para trás. Nunca se obriguem a forçar a memória a fim de relatar alguma experiência do passado. Que significa isto hoje, para vocês ou para os outros? Embora acariciem tudo que há de bom em sua experiência passada, precisam de uma experiência nova, mais brilhante, ao prosseguirem. Não se jactem pelo que fizeram no passado, mas mostrem o de que são capazes agora. Que suas obras, e não suas palavras os louvem. Provem a promessa de Deus, de que "os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes, para anunciarem que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nEle não há injustiça". Salmos 92:13-15. Mantenham jovem seu coração e espírito, mediante exercício contínuo. -- Mensagens Escolhidas 2:221, 222. A eficiência deve aumentar constantemente CId 40 1 Nossos pastores que atingiram a idade de quarenta ou cinqüenta anos não devem achar que seu trabalho é menos eficiente do que em tempos passados. Os homens de idade e experiência são justamente os que devem exercer vigorosos e bem dirigidos esforços. De modo especial são eles necessários neste tempo; as igrejas não podem dispensá-los. Não devem os tais falar de fraqueza física e mental, nem achar que o seu tempo de utilidade passou. CId 40 2 Muitos deles têm sofrido por árduo esforço mental, não aliviado por exercício físico. O resultado é a deterioração de suas energias e a tendência para eximir-se a responsabilidades. O que eles necessitam é mais trabalho ativo. CId 41 1 Isto não se restringe apenas àqueles cuja cabeça está embranquecida pela neve do tempo, mas homens jovens em idade têm caído no mesmo estado e se têm tornado enfraquecidos mentalmente. Eles têm uma lista de sermões prontos; mas, se forem além dos limites destes, perdem o seu controle. CId 41 2 O pastor dos velhos tempos, que viajava em lombo de burro e passava muito tempo visitando o seu rebanho, possuía muito melhor saúde, a despeito de suas privações e de estar exposto, do que nossos pastores de hoje, que evitam todo exercício físico possível e se limitam a seus livros. CId 41 3 Os pastores idosos e experientes devem sentir que é seu dever, como servos assalariados de Deus, avançar, progredindo dia a dia, tornando-se continuamente mais eficientes em seu trabalho, e arranjando constantemente assuntos novos para apresentar ao povo. Cada esforço para expor o evangelho, deve ser melhor que o precedente. Cada ano devem desenvolver piedade mais profunda, espírito mais compassivo, maior espiritualidade e conhecimento mais completo da verdade bíblica. Quanto maior sua idade e experiência, mais próximos devem eles ser capazes de chegar do coração das pessoas, possuindo um mais perfeito conhecimento delas. CId 41 4 Necessitam-se homens para este tempo que não temam erguer a voz pelo direito, seja quem for que se lhes oponha. Devem ser de firme integridade e coragem comprovada. A igreja apela a esses, e Deus procurará com os esforços deles manter todos os ramos do ministério evangélico. -- Testemunhos Para a Igreja 4:269, 270. Os últimos dias podem ser os melhores CId 42 1 Não pronuncie palavras que irritem ou ofendam. O Senhor deseja que vigie todos os aspectos do caráter. Você pode ser uma bênção enquanto comunica aos outros o conhecimento que tem da verdade e da reforma de saúde. ... CId 42 2 O Senhor o ama e deseja que execute com poder o trabalho que lhe deu. Quando falar ao povo, não tenha a preocupação de apresentar algo original e novo, mas faça palestras curtas, diretamente ao ponto, sobre temas práticos, porque assim poderá alimentar as almas famintas. CId 42 3 Anseio que, em nossa idade avançada, nós, os que já conhecemos a verdade por tanto tempo, amadureçamos em espírito e métodos de trabalho para que compreendamos as simples, mas importantes e abrangentes, verdades da mensagem do terceiro anjo e as recebamos no amor de Deus, repartindo-as com outros. CId 42 4 Meu irmão, não se sinta velho demais para treinar a voz. Não fale com um tom baixo demais. Abra a boca e use os músculos abdominais para emitir os sons. Exatamente agora, o irmão está numa excelente situação para aprender a falar clara e distintamente. Quando falar aos obreiros, tome uma inspiração profunda e deixe a voz sair clara e cheia. Assim fazendo, ganhará em saúde, sua maneira de falar vai melhorar e seus esforços para ajudar o povo serão coroados de sucesso. ... CId 43 1 O Senhor não o esqueceu. Ele deseja que cresça em graça para aumentar sua habilidade na prestação de ajuda ao povo. Contudo, para despertar o interesse, é preciso que o irmão fale diretamente ao ponto e pare antes de pensar que está na metade do assunto. CId 43 2 Não posso suportar o pensamento de que qualquer dos nossos crentes idosos diminua sua influência e sua eficiência. O Senhor deseja que coopere com Ele, dando tudo o que puder de si mesmo. Se se unir com Ele de boa vontade neste trabalho, seus últimos dias serão os melhores e mais brilhantes. Preste atenção nos avisos que lhe tenho dado. Conserve-se intimamente ligado às linhas claras da verdade e não deixe sua voz baixar tanto que os ouvintes mal possam ouvir-lhe o som. Você será mais beneficiado em sua saúde se envidar esforços decididos para que sua voz seja ouvida. Melhorar nossa fala é um dever que nos foi dado por Deus, e isto o irmão conseguirá se experimentar fazê-lo com determinação. -- Carta 11, 1901. ------------------------Capítulo 3 -- Associação de jovens com idosos Colaboradores de Deus CId 44 1 As crianças devem ser educadas de tal maneira que simpatizem com os idosos e enfermos, e desejem aliviar os sofrimentos dos pobres e oprimidos. Deve-se-lhes ensinar a serem diligentes no trabalho missionário; e, desde tenra idade, inculcar-lhes a abnegação, o sacrifício pelo bem dos outros e o progresso da causa de Cristo, para que possam ser colaboradores de Deus. -- Testemunhos Para a Igreja 6:429. CId 44 2 Muitos jovens de pouca experiência são agressivos, não manifestam reverência por idade ou cargos e se ofendem ao serem aconselhados ou reprovados. Já temos mais destes presunçosos do que precisamos. Deus requer jovens modestos, calmos e sensatos, e homens de idade madura, equilibrados nos princípios, que possam orar e falar, que se levantem diante dos idosos e que tratem os cabelos brancos com respeito. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1883. CId 44 3 Deus ordenou, especialmente, afetuoso respeito para com os idosos. Diz Ele: "Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça." Provérbios 16:31. Elas falam de batalhas feridas, vitórias ganhas, encargos suportados e tentações vencidas. Falam de pés fatigados próximos de seu descanso, de lugares que logo se vagarão. Ajudem as crianças a pensar nisto, e elas por meio de sua cortesia e respeito suavizarão o caminho dos que são idosos, e trarão graça e beleza a sua própria vida juvenil ao atenderem a ordem: "Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho." Levítico 19:32. -- Educação, 244. Os ministros mais idosos devem educar os obreiros mais jovens CId 45 1 Deus convida Seus servos idosos para atuarem como conselheiros, que ensinem aos jovens o que fazer em casos de emergência. Os obreiros idosos devem dar, como fez João, um testemunho vivo de experiência verdadeira. E quando esses fiéis obreiros forem levados ao descanso, com as palavras: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor" (Apocalipse 14:13), devem ser encontrados em nossas escolas homens e mulheres que possam tomar a bandeira e erguê-la em novos lugares. CId 45 2 Enquanto estão no campo os porta-estandartes idosos, que os que foram beneficiados pelos seus labores cuidem deles e os respeitem. Não os sobrecarregueis com encargos. Apreciem suas advertências, suas palavras de conselho. Tratem-nos como pais e mães que suportaram o peso da obra. Os obreiros que no passado anteviram as necessidades da causa fazem trabalho nobre quando, em vez de assumirem eles mesmos todos os encargos, os colocam sobre os ombros de homens e mulheres mais jovens, e os educam como Elias educou a Eliseu. CId 45 3 Davi ofereceu a Deus um tributo de gratidão pelos ensinos e guia divinos que recebera. "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade" (Salmos 71:17), declarou ele. Os que, na história da mensagem, suportaram os encargos e fadiga do dia, devem lembrar-se de que o mesmo Senhor que os ensinou desde sua juventude, convidando-os: "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim" (Mateus 11:29), e concedendo-lhes a luz da verdade, está exatamente tão disposto a ensinar os jovens hoje como o estava outrora. CId 46 1 É prudente que os que têm suportado cargas pesadas vão à parte e repousem um pouco. Esses fiéis obreiros devem ser aliviados de todo encargo penoso. A obra que podem fazer como educadores deve ser apreciada. O Senhor mesmo cooperará com eles em seus esforços de ensinar a outros. Devem deixar a luta forte aos que são mais jovens; a obra futura deve ser feita por jovens fortes. A obra está sob controle do Autor e Consumador de nossa fé. Ele pode dar aptidão aos homens da oportunidade, e dá-la-á. Suscitará os que possam pelejar as Suas pelejas. Nunca deixa a Sua obra ao acaso. Esta é obra grandiosa e solene, e deve ir para a frente. CId 46 2 Não é vontade de Deus que os pais, em Sua causa, empreguem o restante de sua vitalidade em assumir encargos pesados. Que os jovens tomem sobre os ombros toda responsabilidade que puderem, e combatam varonilmente o bom combate da fé. O Senhor sabe melhor a quem escolher para fazer Sua obra, do que os mais sábios dos homens, por interessados que possam estar. É Deus que implanta Seu Espírito no coração dos jovens, levando-os a combater por Ele, em face de forças muito superiores. Assim inspirou Ele a Paulo de Tarso que, com todas as aptidões que lhe foram confiadas, combateu em favor da verdade revelada pelo Céu, contra apóstatas que o deveriam ter apoiado. Os servos de Deus terão de encontrar hoje as mesmas dificuldades encontradas por Paulo. Esta experiência tiveram alguns que estão agora erguendo a bandeira da verdade. Homens semelhantes é que podem colocar-se em defesa da verdade. Se continuarem a ser alunos, Deus pode usá-los para vindicar Sua lei. CId 47 1 Não pensem os obreiros idosos que tenham que arcar com todas as responsabilidades, todas as cargas. Novos campos de trabalho abrem-se constantemente diante de nós. Unam-se os jovens a obreiros experimentados, que compreendam as Escrituras, que por muito tempo tenham sido praticantes da Palavra, que introduziram a verdade na vida prática, confiando em Cristo dia a dia, que busquem ao Senhor como fez Daniel. Três vezes ao dia Daniel apresentava a Deus suas petições. Sabia ele que Alguém, poderoso em conselho, era a fonte de sabedoria e poder. A verdade como é em Jesus -- a espada do Espírito, de dois gumes -- era sua arma de combate. CId 47 2 Na palavra, em espírito, em princípio, os homens que puseram em Deus sua confiança, são um exemplo aos jovens ligados a eles. Esses fiéis servos de Deus devem unir-se a jovens, atraindo-os com cordas de amor, porque eles mesmos pelas cordas do amor de Cristo são a eles atraídos. -- Mensagens Escolhidas 2:227-229. Os obreiros mais velhos encorajam os mais jovens CId 47 3 O Senhor deseja que Seu povo avance constantemente. Ele Se alegra quando os jovens ficam imbuídos com Seu Espírito e cingem a armadura para se empenhar numa luta agressiva. Encorajemos sempre os rapazes e as moças para que desenvolvam ao máximo suas capacidades, para melhorarem seus talentos o quanto puderem, lembrando as palavras: "Ninguém despreze a tua mocidade." Não esperamos que eles nunca errem em palavras ou ação, mas que prestem atenção às reprovações do Senhor, e corrijam todos os erros, porque é assim que farão progressos. CId 48 1 Ao ver Deus despertando jovens para Sua obra, regozijamo-nos ao vê-los crescerem no temor do Senhor na proporção em que aumentam seu conhecimento da verdade. Tais jovens cultivarão reverência a Deus e ao Seu sagrado serviço. CId 48 2 Os obreiros mais velhos devem animar os mais jovens, nunca falando leviana ou depreciativamente deles. CId 48 3 Diariamente, o jovem professor estudante está armazenando provisões frescas de conhecimento. Sua compreensão é iluminada e pode dizer: "Deus abriu os meus olhos para que possa ver as maravilhas da Sua Palavra." Uma sensação da misericórdia e grandeza de Deus faz dele como que uma criança submissa e pronta para servir. CId 48 4 Esses professores não sentem a repressão que sentiriam na presença dos professores mais velhos. Seu coração se inflama com o amor de Deus. Os estudantes se apossam do espírito deles, as janelas do coração se abrem para o Céu e cânticos de gratidão sobem do seu coração para se incendiar com o amor de Deus. À medida que professores e estudantes buscarem aprender seus deveres, com um sincero desejo de se harmonizarem com a imagem de Deus, receberão forças para vencer a teimosia de uma vontade própria. CId 48 5 Oh, posso ver sabedoria nos rapazes e nas moças completamente convertidos que se empenham na obra do magistério. Enquanto se entregam completamente a Deus, mais e mais dEle aprendem. ... CId 48 6 De maneira alguma estamos subestimando os professores mais velhos. Não; o que desejamos é encorajar tanto os professores mais velhos como os mais novos a trabalharem para Deus. Mas estou me esforçando para lhes mostrar que as escolas podem ser administradas, e com sucesso, por homens que não são os mais avançados em idade e experiência. CId 49 1 Deus pode operar por meio de homens jovens e humildes. Ninguém os proíba. Digam os jovens e devotados seguidores de Cristo: "O amor de Cristo me constrange". Influenciando a mente das pessoas com a força e a graça de Cristo, este amor lança fora todos os obstáculos e barreiras, exercendo sobre elas uma influência impulsora que as leva a se entregarem a Deus numa consagração sem reservas. CId 49 2 Meu irmão, não fale nem faça coisa alguma que enfraqueça as mãos daqueles que estão fazendo o seu melhor e que estão sendo bem-sucedidos na busca do êxito. -- Carta 102, 1902. A sincera amizade entre Eli e Samuel CId 49 3 A vida de Samuel, desde sua infância, foi de piedade e devoção. Em sua juventude foi colocado sob os cuidados de Eli e o encanto do seu caráter conquistou a sincera amizade do idoso sacerdote. Ele era bondoso, generoso, diligente, obediente e respeitador. O contraste entre a conduta do jovem Samuel e a dos filhos do próprio sacerdote era marcante, e Eli encontrou descanso, conforto e bênçãos na companhia do seu tutelado. Era natural que entre Eli, o supremo magistrado da nação, e aquela simples criança existisse uma afetuosa amizade. Samuel era prestativo e afetuoso, e pai algum amou seu filho mais compassivamente do que Eli amou esse jovem. Quando as doenças da idade acometeram Eli, ele sentiu mais intensamente a desanimadora, temerária e devassa conduta dos próprios filhos e se voltou para Samuel em busca de conforto e apoio CId 49 4 Como é comovente ver jovens e idosos que confiam um no outro, o jovem voltando-se para o idoso em busca de conselho e sabedoria, e o idoso voltando-se para o jovem em busca de ajuda e simpatia. É assim que deveria ser. Deus gosta do jovem cujas qualificações de caráter o levam a se deleitar na amizade dos idosos, a se unir pelos laços de carinhosa afeição aos que se estão aproximando das bordas da sepultura. -- The Signs of the Times, 19 de Outubro de 1888. Paulo treinou Timóteo e Tito CId 50 1 Paulo tornou parte de sua obra o educar jovens para o ministério evangélico. Levava-os consigo em suas viagens missionárias, e assim adquiriram uma experiência que os habilitou mais tarde a ocupar posições de responsabilidade. Deles separado, conservou-se em contato com sua obra, e suas cartas a Timóteo e a Tito são uma demonstração de quão profundo era seu desejo de que fossem bem-sucedidos. "O que... ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." 2 Timóteo 2:2. CId 50 2 Esse aspecto da obra de Paulo ensina aos pastores de hoje importante lição. Os obreiros experientes fazem nobre serviço quando, em lugar de procurar levar sozinhos toda a responsabilidade, preparam os mais jovens, colocando-lhes encargos sobre os ombros. É desejo de Deus que os que têm conseguido experiência em Sua causa, exercitem os jovens para Seu serviço. CId 50 3 O obreiro mais jovem não se deve imbuir tanto das idéias e opiniões daquele sob cuja direção for colocado, que perca sua individualidade. Não deve imergir sua identidade na daquele que o está instruindo, de maneira que não se atreva a usar o próprio discernimento, mas faça o que for mandado, a despeito de seu próprio critério do que é direito ou errado. É seu privilégio aprender por si mesmo com o grande Mestre. Se a pessoa com quem estiver trabalhando seguir um caminho que não se achar em harmonia com um "Assim diz o Senhor", não busque ele qualquer grupinho, mas dirija-se aos superiores em posição, e exponha o caso, exprimindo-lhes francamente suas idéias. Por esse modo o discípulo se pode tornar uma bênção para o que o instrui. -- Obreiros Evangélicos, 102, 103. ------------------------Capítulo 4 -- Obrigação dos filhos para com os pais idosos A obrigação nunca cessa CId 52 1 A obrigação que repousa sobre os filhos de honrar aos pais perdura por toda a existência. Se os pais são débeis e idosos, a atenção e afeição dos filhos deve ser dispensada na proporção das necessidades de pai e mãe. Nobre e decididamente os filhos devem traçar seu procedimento, mesmo que isto reclame sacrifício, de maneira que cada pensamento de ansiedade e perplexidade possa ser removido da mente dos pais. ... CId 52 2 Os filhos devem ser educados para amar ao pai e à mãe e deles cuidar ternamente. Velem por eles, filhos, vocês mesmos; pois nenhuma outra mão pode fazer os pequenos atos de bondade com a aceitação com que vocês o fazem. Aproveitem suas preciosas oportunidades de espalhar as sementes da bondade. -- O Lar Adventista, 360. Demonstrar bondade mesmo a pais injustos CId 52 3 Se os filhos pensam que foram tratados com severidade na infância, não os ajudará a crescer na graça e conhecimento de Cristo, nem fará refletir Sua imagem, o acariciarem contra seus pais um espírito de vingança, especialmente quando idosos e debilitados. Não é o próprio desvalimento dos pais que apela por amor da parte dos filhos? Não clamam as necessidades de pais e mães idosos pelos nobres sentimentos do coração, e pela graça de Cristo, não devem os pais ser tratados com bondosa atenção e respeito por seus filhos? Não permita que o coração se torne tão duro como aço contra o pai e a mãe! Como pode uma filha que professa o nome de Cristo abrigar ódio contra sua mãe, especialmente se essa mãe é enferma e idosa? Que a bondade e o amor, os frutos mais doces da vida cristã, encontrem lugar no coração dos filhos em relação a seus pais. ... CId 53 1 Doloroso em especial é o pensamento de um filho a odiar a mãe que se tornou idosa e fraca, sobre quem vieram debilidades de disposição conseqüentes da segunda infância. Quão paciente, quão ternamente devem os filhos tratar com uma mãe assim! Devem ser pronunciadas palavras de bondade, que não irritem o espírito. Um verdadeiro cristão jamais será indelicado, jamais, sob qualquer circunstância, negligenciará o pai e a mãe, antes ouvirá o mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe." Êxodo 20:12. Deus disse: "Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho." Levítico 19:32. ... CId 53 2 Filhos, permitam que seus pais, enfermos e incapazes de cuidar de si mesmos, tenham seus últimos dias cheios de contentamento, paz e amor. Pelo amor de Cristo permitam que desçam à sepultura recebendo de sua parte apenas palavras de bondade, amor, misericórdia e perdão. -- O Lar Adventista, 362, 363. É um privilégio cuidar de pais idosos CId 53 3 A melhor maneira de educar os filhos a respeitarem seus pais e mães é dar-lhes a oportunidade de verem o pai dando afetuosa atenção à mãe, e a mãe prestando respeito e reverência ao pai. É vendo o amor em seus pais que os filhos são levados a obedecer o quinto mandamento. CId 54 1 Quando os filhos crescerem e chegarem à idade madura, alguns deles pensarão que seu dever está cumprido com a provisão de moradia para seus pais. Dando-lhes apenas alimento e abrigo, não lhes estão dando amor e simpatia. Quando pais idosos anseiam por expressões de afeição e simpatia, há filhos desalmados que os privam de sua atenção. Não existe tempo como este em que os filhos deveriam expressar respeito e amor ao seu pai e mãe. Enquanto vivem seus pais, a alegria dos filhos deveria ser honrá-los e respeitá-los. Deveriam trazer toda a jovialidade e contentamento que puderem para a vida dos seus idosos pais. Deveriam suavizar seu caminho para a sepultura. Não há melhor recomendação neste mundo para um filho do que honrar seus pais, nem melhor registro nos livros dos Céus do que ter ele amado e honrado seu pai e sua mãe. CId 54 2 Lembrem-se atenciosamente os filhos de que, na melhor das hipóteses, seus idosos pais não têm senão pouca alegria e conforto. Que pode dar maior tristeza ao coração deles do que a manifestação de negligência por parte dos seus filhos? Que pecado pode ser maior num filho do que causar desgosto ao pai e à mãe idosos e desamparados? Os que causam desgostos aos seus idosos pais são registrados nos livros dos Céus como transgressores do mandamento, como o são os que não reverenciam ao Deus do Céu e, a menos que se arrependam dos seus maus caminhos e os abandonem, não serão achados como dignos de um lugar na herança dos santos. ... CId 55 1 O pensamento de que os filhos ministraram conforto aos seus pais é de satisfação para toda a vida e especialmente lhes dará alegria quando eles mesmos sentirem necessidade de simpatia e amor. Aqueles cujo coração estiver cheio de amor considerarão como inestimável o privilégio de poder suavizar a passagem dos seus pais para a sepultura. Eles se regozijarão por terem tido uma parte em levar o conforto e a paz para os últimos dias dos seus amados pais. Agir de outra maneira, negar aos idosos desamparados o benevolente cuidado de filhos e filhas, encherá a alma de remorsos, os dias de pesar, por terem sido duros de coração e frios como a pedra. CId 55 2 Nossa obrigação para com nossos pais não cessa, nunca. Nosso amor por eles e o deles por nós não é medido por anos ou distância, e a nossa responsabilidade nunca pode ser posta de lado. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. Um assunto de vital importância CId 55 3 Vi que você não possui aquele amor filial que deveria. O mal em sua natureza é exercitado de modo totalmente antinatural. Você não é terna e respeitosa para com seus pais. Quaisquer que sejam as falhas deles, você não tem desculpas para comportar-se como o faz diante deles. Esse procedimento tem sido muito cruel e desrespeitoso. Os anjos retiram-se tristes, repetindo as palavras: "O que você semear, também colherá." Continuasse o tempo, e receberia de seus filhos o mesmo tratamento que seus pais têm recebido de você. Não tem buscado como tornar seus pais felizes, e então sacrificar seus desejos e prazeres para esse fim. Os dias que restam a seus pais são poucos, e serão plenos de cuidados e dificuldades, mesmo que você faça tudo para aplainar-lhes o caminho para a sepultura. CId 56 1 "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." Êxodo 20:12. Este é o primeiro mandamento com promessa. Recai sobre crianças e jovens, sobre os de meia-idade e os idosos. Não há na vida nenhum período em que os filhos fiquem isentos da honra aos pais. Esta solene obrigação recai sobre cada filho ou filha, e é uma das condições de prolongamento de sua vida na terra que o Senhor dará aos fiéis. Isto não é um assunto indigno de consideração, mas uma questão de vital importância. A promessa está sob condição de obediência. Se você obedecer, viverá longo tempo na terra que o Senhor seu Deus lhe dá. -- Testemunhos Para a Igreja 2:80, 81. ------------------------Capítulo 5 -- O cuidado dos idosos As instituições não são o melhor plano CId 57 1 Não se devem empregar homens que dediquem o seu tempo e talentos à obra de conduzir os idosos e órfãos num grupo para serem vestidos e alimentados. Essa não é a melhor maneira de tratar tais casos. ... CId 57 2 Assim como não é o melhor construir edifícios para velhinhos e velhinhas, a fim de estarem juntos. Sejam eles ajudados no próprio lugar onde podem sê-lo. Tomem os familiares conta de seus próprios parentes pobres, e a igreja cuide de seus próprios membros necessitados. Essa é precisamente a obra que Deus deseja que a igreja faça, e por fazê-la receberá uma bênção. -- Beneficência Social, 238. CId 57 3 Insiste-se constantemente no assunto da necessidade do cuidado pelos nossos irmãos idosos que não têm lar. Que pode ser feito por eles? A luz que o Senhor me deu tem sido repetida: Não é o melhor estabelecer instituições para cuidar dos idosos, para que fiquem juntos, em companhia uns dos outros, nem devem eles ser mandados embora de casa para receberem cuidados. Os membros de cada família devem cuidar dos seus próprios parentes. Quando isto não for possível, o trabalho cabe à igreja, e deve ser aceito como dever e privilégio. -- Testemunhos Para a Igreja 6:272. CId 57 4 Reunimo-nos às nove horas na grande tenda com alguns dos irmãos para falar acerca do assunto que nos é constante e insistentemente apresentado -- o das pessoas idosas que não possuem lar. Que faremos com elas? O esclarecimento a mim dado pelo Senhor foi repetido: Cuide cada família de seus próprios parentes, tomando adequadas providências em seu favor. Caso isto não seja possível, então a igreja deve assumir a responsabilidade. O Senhor abençoará Sua igreja ao exercer beneficência. Eles são pobres de Deus, e não devem ser deixados infelizes e em privações. CId 58 1 No caso de a igreja não poder fazer isto, então a Associação deve tomar a si o providenciar para os necessitados do Senhor. -- Mensagens Escolhidas 2:331. Deveriam ficar entre amigos CId 58 2 Também os idosos necessitam da auxiliadora influência das famílias. Na casa de irmãos e irmãs em Cristo, é mais fácil haver para eles como que uma compensação da perda de seu próprio lar. Se animados a partilhar dos interesses e ocupações domésticos, isto os ajudará a sentir que não deixaram de ser úteis. Façam-nos sentir que seu auxílio é apreciado, que há ainda alguma coisa para fazerem em servir a outros, e isso lhes dará ânimo ao coração, ao mesmo tempo que comunicará interesse a sua vida. CId 58 3 O quanto possível, façam com que aqueles cuja cabeça está alvejando e cujos passos trôpegos indicam que se vão avizinhando da sepultura permaneçam entre amigos e relações familiares. Que adorem entre aqueles que conheceram e amaram. Sejam cuidados por mãos amorosas e brandas. CId 58 4 Sempre que possível, deveria ser o privilégio dos membros de cada família atender a seus próprios parentes. Quando assim não se dá, a obra pertence à igreja, e deve ser considerada como um privilégio, da mesma maneira que um dever. Todos quantos possuem o espírito de Cristo terão uma terna consideração para com os fracos e os idosos. CId 59 1 A presença, em nosso lar, de um destes inválidos é uma preciosa oportunidade de cooperar com Cristo em Seu ministério de misericórdia, e desenvolver traços de caráter semelhantes aos Seus. Há uma bênção no convívio dos mais idosos com os mais jovens. Esses podem iluminar o coração e a vida dos idosos. Aqueles cujos laços da vida se estão enfraquecendo necessitam o benefício do contato com a esperança e a vivacidade da juventude. E os jovens podem ser auxiliados pela sabedoria e a experiência dos idosos. Sobretudo, eles precisam aprender a lição do abnegado ministério. A presença de um necessitado de simpatia, paciência e abnegado amor, seria uma inapreciável bênção para muitas famílias. Haveria de suavizar e refinar a vida doméstica, e despertar em idosos e jovens aquelas graças cristãs que os destacariam com uma divina beleza, e os enriqueceriam com os imperecíveis tesouros do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 204, 205. O cuidado de Ellen G. White por seus pais CId 59 2 Meus filhos estão bem, como de costume. Papai e mamãe vivem conosco e parecem estar contentes e felizes. Eles cuidam do seu quarto, mas comem conosco. Você não sabe que peso de cuidado é removido de mim desde que posso cuidar destas duas crianças idosas. Mamãe faz exatamente o que eu desejo e segue todas as sugestões que lhe dou. Eu a visto caprichosamente, penteio seus cabelos e ela se parece como uma simpática e respeitável anciã. Papai também se esforça para nos agradar de todas as maneiras. Nós o arrumamos e ele fica muito simpático. CId 60 1 Dê minhas apreciações a toda sua família, especialmente a seus pais. Envie-nos freqüentemente notícias de vocês. Não seja abatida pelo desânimo e dúvida. Olhe para cima, tenha bom ânimo, e Deus nos conduzirá para a vitória. -- Carta 27, 1861 (para Lucinda Hall). Auxiliando um antigo cunhado CId 60 2 Caros irmão e irmã [Stephen] Belden: Podem estar certos de que não os esqueço. Oro por vocês para que o Senhor lhes abra caminhos pelos quais possam viver bem em Norfolk Island. Vou me esforçar para lhes enviar algum dinheiro de vez em quando. Tudo o que lhes enviei desde que foram para esse país foi emprestado a juros, mas enquanto viver cuidarei de vocês. Que o Senhor lhes dê paz e conforto. Ele é nossa única Esperança e nosso único Ajudador. Ficarei contente em ouvir de vocês tantas vezes quantas puderem me escrever e, da minha parte, lhes escreverei sempre que puder. Quando não me for possível escrever, comunicar-me-ei com vocês através de terceiros. Por este correio, enviarei cópias das cartas que escrevi aos irmãos da Austrália. -- Carta 146, 1902. CId 60 3 Dei para Stephen Belden algumas centenas de dólares. Não posso deixar que ele e sua esposa sofram por falta de alimento e roupa. Paguei as despesas deles para e de Norfolk Island. -- Carta 258, 1903 (para Lucinda Hall). CId 61 1 Com esta, estou lhes enviando cópias de cartas nas quais podem estar interessados. Gostaria de conversar com ambos. Quero lhes perguntar, estão recebendo os dois dólares semanais que fiz arranjos para lhes enviar por meio da União Australiana? Por favor, falem-me a respeito disto. O irmão Hindson diz que geralmente o dinheiro é creditado em sua conta nos livros do escritório e que vocês lhes fazem pedidos de compras que eles executam. Preferem receber o dinheiro diretamente? Se assim for, comuniquem-me para que isto aconteça. CId 61 2 Antes de deixar a Austrália, fiz arranjos para que recebessem determinada soma cada semana. Os irmãos prometeram fazê-lo assim como lhes pedi. Por favor, contem-me das circunstâncias em que estão e, se os arranjos que fiz não foram executados, escreverei novamente a respeito. Não quero que sofram por falta de alimento e vestuário. CId 61 3 Não está certo que Frank não lhes escreva com freqüência. Entristeço-me por ele não fazer isto e por ele não lhes dar qualquer ajuda financeira. Podem estar certos de que nada lhes faltará enquanto eu viver, se me mantiverem informada de sua situação. Se seus filhos negligenciam o dever, esforçar-me-ei para suprir a falta, embora esteja pagando juros sobre vinte mil dólares. CId 61 4 Por favor, respondam-me cada correspondência. Pela última, mandei a resposta da pergunta com respeito à sua vinda para a América. Não ouso tomar a responsabilidade da decisão sobre esse assunto. Façam como acharem melhor e como seus amigos resolverem. Na minha idade, não ouso assumir mais responsabilidades. Tenho pesados encargos para levar em conexão com a causa de Deus. Cada manhã me levanto à uma ou às duas da madrugada para escrever sobre assuntos importantes. -- Carta 41, 1905 (para o irmão e a irmã Stephen Belden). CId 62 1 Em cada correio que segue para a Austrália, mando uma carta para Stephen Belden com cópias das que escrevi para outros. Se acontece falhar algum correio, ele sente muita falta. Exatamente agora, lhe estou mandando tudo o que posso; porque temo que cada correio que segue seja o último pelo qual lhe posso enviar qualquer coisa. Pobre homem, está morrendo de câncer e eu estou tão distante que não posso estar perto dele para ajudá-lo. Mas posso escrever para ele e posso orar por ele. -- Carta 348, 1906. Conforto para a viúva de Stephen Belden CId 62 2 Soube que o pobre Stephen deve ter sofrido muito, mas sejamos gratos porque o fim chegou tranqüilamente. A ele se aplicam as palavras: "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham. Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele que Se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu." Apocalipse 14:12-15. CId 62 3 Estas cenas acontecerão logo e, então, compreenderemos melhor as palavras: "Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor." CId 63 1 Você pode alegrar-se com o pensamento de que Stephen está livre de todo o sofrimento. Não é preciso mais ter preocupações ou ansiedades por causa dele. CId 63 2 Estou satisfeita por saber que nossos irmãos na Austrália não se esquecem de você e que prometeram cuidar de você, ficando na ilha ou indo para amigos em qualquer outra parte. Que o Senhor a abençoe, fortaleça e ajude a se recuperar do longo esforço que teve de fazer. Por favor, continue a me escrever por meio de cada correio que deixa Norfolk Island. -- Carta 393, 1906 (para a Sra. Vina Belden, 16 de Dezembro de 1906). Fundo para obreiros idosos CId 63 3 Deve-se fazer alguma provisão para cuidar dos ministros e outros fiéis servos de Deus que, por causa dos esforços e trabalho em excesso na Sua causa, ficaram doentes e precisam descansar e restabelecer-se: ou que, por causa da idade ou perda da saúde, não podem mais suportar os fardos e o calor do dia. Muitas vezes, os ministros são enviados a campos de trabalho que eles sabem serem prejudiciais à saúde; mas, não querendo evitar lugares difíceis, aventuram-se na esperança de prestar auxílio e ser uma bênção ao povo. Passado algum tempo, descobrem que a saúde começa a falhar. Experimenta-se uma mudança de clima e de trabalho, mas sem alívio. Então, que devem fazer? CId 63 4 Esses fiéis obreiros que, por amor a Cristo, abandonaram perspectivas mundanas, preferindo a pobreza aos prazeres ou riquezas, e que, esquecendo-se de si mesmos, trabalharam com dedicação para salvar almas para Cristo; que deram liberalmente para o progresso de empreendimentos na causa de Deus, mas foram atingidos na batalha, ficando cansados e doentes, sem recursos de sustentação, não devem ser abandonados para lutar com a pobreza e o sofrimento, ou sentirem-se pobres. Quando lhes sobrevier a doença e a enfermidade, nossos obreiros não devem ficar preocupados com a angustiante pergunta: "Que vai acontecer com minha esposa e filhos agora, quando não posso mais trabalhar para suprir suas necessidades?" Nada mais justo do que fazer provisões para enfrentar as necessidades desses fiéis obreiros e dos que deles dependem. CId 64 1 Tomam-se providências generosas em favor dos veteranos que lutaram pelo seu país. Esses homens levam as cicatrizes e sofrem longas enfermidades que testemunham de perigosos conflitos, de marchas forçadas, de intempéries que enfrentaram e de sofrimentos em prisões. Todas essas evidências da lealdade e sacrifício próprio os fizeram credores da nação que ajudaram a salvar -- uma reivindicação que é reconhecida e honrada. Mas, que provisão fizeram os adventistas do sétimo dia em favor dos soldados de Cristo? CId 64 2 Nosso povo não sentiu como deveria a necessidade desse assunto que, por isso, foi negligenciado. As igrejas não têm se preocupado e, embora a luz da palavra de Deus tenha brilhado em suas veredas, elas têm negligenciado esse dever tão sagrado. O Senhor Se desagrada muito com essa negligência dos Seus fiéis servos. Nosso povo deveria estar tão pronto a ajudar essas pessoas nas suas circunstâncias adversas, assim como estiveram prontos para aceitar seus préstimos e recursos quando estavam com saúde. CId 65 1 O Senhor colocou sobre nós a obrigação de dar uma atenção especial aos pobres em nosso meio. Mas esses ministros e obreiros não devem ser classificados como pobres. Eles depositaram para si mesmos um tesouro no Céu que não falhará. Eles serviram às Associações em suas necessidades, e agora elas devem servi-los. Quando se nos apresentam casos desse tipo, não podemos passar para o outro lado. Não devemos dizer: "aquecei-vos e fartai-vos" (Tiago 2:16), e não tomar medida alguma para suprir as necessidades deles. Isto já aconteceu no passado e, desta maneira , e em alguns casos os adventistas do sétimo dia desonraram sua profissão de fé, e deram ao mundo a oportunidade de opróbrio para a causa de Deus. CId 65 2 Deve agora o povo de Deus remover esse opróbrio, proporcionando a estes servos de Deus, lares confortáveis com um pedaço de terra no qual possam cultivar seus produtos e sentir que não dependem da caridade dos seus irmãos. Com quanto prazer e tranqüilidade esses fatigados obreiros olhariam para um pequeno e sossegado lar, onde fossem reconhecidas suas justas reivindicações para o descanso! CId 65 3 O dever que temos para com essas pessoas tem sido mencionado continuamente, e nada foi feito nesse sentido. Como um povo, deveríamos sentir nossa responsabilidade nesse assunto. Cada membro da igreja deve se interessar por tudo o que diz respeito à fraternidade humana e à fraternidade em Cristo. Somos membros uns dos outros; se um sofre, todos sofrem com ele. Algo deve ser feito e as Associações deveriam ter um discernimento espiritual que lhes permita compreender os privilégios e comodidades que esses obreiros que se deram necessitam e merecem. -- Testemunhos Para a Igreja 7:290-292. ------------------------Capítulo 6 -- Advertências a pessoas idosas A idade não é desculpa para afrouxar a disciplina própria CId 67 1 Tenho ouvido os que estão na fé há longos anos dizerem que outrora suportavam provas e dificuldades, mas depois que as enfermidades da idade começaram a pressioná-los, sentiam-se grandemente aflitos quando postos sob disciplina. Que quer dizer isto? Quer dizer que Jesus deixou de ser seu Salvador? Quer dizer que, quando são idosos e encanecidos, têm o direito de exibir paixões profanas? Pensem nisso. Devem usar suas faculdades de raciocínio nesta questão, como o fazem em coisas temporais. Devem negar a si mesmos, e fazer do serviço a Deus a primeira preocupação de sua vida. Não devem permitir que coisa alguma lhes perturbe a paz. Não há necessidade disso; tem de haver crescimento constante, constante progresso na vida divina. CId 67 2 Cristo é a escada que Jacó viu, cuja base repousa na Terra, e cujo último degrau alcança o mais alto Céu; e degrau a degrau, vocês devem escalar essa escada até que cheguem ao reino eterno. Não existe desculpa alguma para nos tornarmos mais semelhantes a Satanás, mais semelhantes à natureza humana. Deus colocou perante nós a altura do privilégio de cristão, e isto para que "sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações: a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus". Efésios 3:16-19. -- Mensagens Escolhidas 2:222, 223. Contentem-se onde estão CId 68 1 Caros irmão e irmã [Sawyer]: Nesta noite, pareceu-me estar conversando com vocês e dizendo: A lição que precisam aprender é descansar no Senhor. Se alimentarem um espírito de desassossego e descontentamento, danificarão sua experiência religiosa. CId 68 2 Nenhum dos dois está qualificado para se engajar nalgum trabalho missionário em campo distante, porque não estão em condições físicas de vencer as dificuldades que irão encontrar em tais circunstâncias. Se não podem encontrar trabalho missionário para fazer no lugar onde estão, não farão a mudança correta indo para onde não são conhecidos com o propósito de ali fazê-lo. Gastarão o pouco dinheiro que têm e depois não serão capazes de ganhar mais. CId 68 3 Gostaria de lhes dizer: Contentem-se onde estão. Mantenham o domínio sobre a própria mente. O desassossego a que se entregaram é que os desqualifica para serem uma bênção no lugar onde estão. Vocês têm um lar onde estão; desfrutem-no e agradeçam ao Senhor por ter poupado a vida de ambos. Sejam agradecidos pela saúde que têm. A Carolina do Norte [um Estado norte-americano] não lhes será um lugar tão bom como a Califórnia. Estarão empenhados em trabalho missionário cuidando, num espírito pacato e tranqüilo, das atividades caseiras, da roupa, para estarem bem arrumados e apresentáveis; e, cultivando a ordem, estarem sempre de prontidão para, surgindo a oportunidade, poderem falar palavras de estímulo aos que estão desanimados e em necessidade. CId 69 1 Certamente ficarão desapontados se levarem avante os planos que têm em mente. Acariciam a idéia de que não são apreciados onde estão. Rogo-lhes que acabem com essa impressão. Abandonem essa suposta responsabilidade de fazer trabalho missionário em outro campo. Têm razão para ser agradecidos pela saúde e forças que lhes foram dadas; mas, se admitirem que são infelizes, desqualificar-se-ão para o trabalho missionário que podem fazer em casa. Podem ser uma bênção um para o outro e para os que estão ao seu redor. Sejam alegres e felizes exatamente onde estão; cultivem a paz de Deus no coração. Não se desanimem, mas sejam suas palavras tais que inspirem esperança e bom ânimo, e sua influência seja de um caráter de enaltecimento. Que Deus os abençoe e guie, é a minha oração. CId 69 2 Sua idade é razão suficiente para que fiquem contentes onde estão. Deixem que homens e mulheres jovens preencham os lugares difíceis. Enquanto estiverem se preparando para mudar para um país melhor, o celestial, é seu privilégio tornar a vida tão tranqüila e confortável quanto possível. Se o Senhor achar que é melhor trabalharem na causa, Ele lhes abrirá o caminho na Califórnia. Esperem até que o Senhor esclareça o assunto. Ele não quer vê-los dependentes de estranhos nalgum país distante. Fiquem contentes por permanecerem onde estão, fazendo o que puderem para a causa de Deus. Ajudem onde puderem com a palavra do seu testemunho, mas não sintam que têm o dever de usar os poucos recursos que possuem indo para um novo campo. CId 69 3 Eu estou lhes escrevendo meu parecer sobre o assunto. Sinceramente, espero que fiquem contentes permanecendo onde estão e que, em paz e felicidade, desfrutem o pequeno lar que possuem. Não há motivo para não desfrutarem diariamente a paz de Cristo e Sua preciosa graça. Peço-lhes que não se coloquem onde as dificuldades serão dez vezes maiores do que as de agora. Tenho especial interesse em seu caso e oro para que deixem o Senhor moldá-los e ajustá-los para a futura vida imortal. -- Carta 326, 1908 Mantendo o asseio pessoal CId 70 1 Caros irmão Roberto e irmã Ana [Sawyer]: Recebi sua carta e vou respondê-la agora. A menos que tenha estado enganada, posso dizer-lhes que nunca pretendi que qualquer conselho meu no passado os influenciasse a fazer qualquer mudança que não fosse para seu melhor benefício. Nada tenho a dizer para impedir que invistam seus recursos num lugar onde podem ter melhores acomodações e vantagens do que onde estão. CId 70 2 Rogo-lhes, porém, que não se mudem cegamente. Não se coloquem em lugares onde podem ficar sem recursos entre estranhos. Considero imprudente e inconsistente mudarem-se para a Carolina do Norte. Creio que ninguém que conheça suas circunstâncias iria aconselhar tal mudança. Precisam agir sábia e cuidadosamente. O Senhor não os abandonará, se entregarem este caso completamente a Ele. CId 70 3 Tenho palavras de conselho para o irmão Roberto. Há necessidade de uma reforma nos seus hábitos de vestir e se apresentar. Desordem no vestuário traz opróbrio sobre a verdade na qual professamos crer. Deve considerar o fato de que é representante do Senhor Jesus Cristo. Coloque toda sua vida em harmonia com a verdade da Bíblia. [Segue-se a transcrição de Mateus 5:13-16.] CId 71 1 A negligência no vestuário tem sido, decididamente, uma característica desagradável do seu caráter. A impressão que tem deixado na mente tanto de crentes como de descrentes não tem ido ao encontro da impressão do Espírito de Deus. Por causa da sua negligência neste assunto, nosso povo não se sentiu livre para aconselhá-lo a se dedicar ao trabalho de vender literatura, uma ocupação na qual você se daria muito bem. Existe um trabalho útil no qual poderia se empenhar, fazendo visitas de casa em casa e falando palavras próprias, mas sua influência desordenada atua contra a preciosa influência que exerceria de outra maneira. CId 71 2 Lembre-se de que pode fazer um trabalho aceitável para o Senhor, mas sua aparência pessoal deve ser tal que o recomende como alguém que esteja deixando sua luz brilhar para o Mestre. Não quer você se preocupar com esse assunto agora e se esforçar para fazer uma reforma no vestuário e na aparência? Se lhe fosse confiado um trabalho público em nossas reuniões religiosas, com suas idéias relaxadas sobre o vestuário adequado, não exerceria a melhor influência sobre aqueles a quem você estaria tentando ajudar. CId 71 3 Esse assunto não é de pouca importância porque afeta sua influência sobre os outros no tempo e na eternidade. Não pode esperar que o Senhor lhe dê sucesso completo na salvação de almas para Ele, a menos que todas as suas maneiras e aparência sejam de natureza a impor respeito. A verdade é engrandecida até pela impressão de capricho no vestuário, e sei que deseja usar toda parcela de sua influência no lado do Mestre. CId 72 1 Demorei-me neste assunto porque é um defeito evidente do seu caráter. O Senhor não tem sido glorificado por causa do seu relaxo no vestuário. Pode parecer um assunto pequeno, mas depõe contra a honra e glória de Deus. Os homens e as mulheres que são ricos na graça e na influência de santidade serão circunspectos em tudo aquilo que os ajuda a ter influência. Sua utilidade presente e futura no serviço do Mestre depende, até certo ponto, do seu relacionamento com esse assunto. Estamos nos aproximando do fim do tempo e precisamos fazer tudo o que estiver em nossas forças para ganhar almas para o reino de Cristo. -- Carta 336, 1908. Evitar o excesso de trabalho e a desconfiança dos irmãos CId 72 2 Agora, irmão Haskell, suponho que esteja na Califórnia, encontrando muito trabalho para fazer. Espero que lhe seja dada saúde, mas tome cuidado para não trabalhar demais. Saiba que sua cabeça não suportará muitas perplexidades; portanto, evite-as, e não se sobrecarregue com responsabilidades que outros deveriam levar. Se seus irmãos procurarem salvá-lo da sobrecarga, não desconfie dos seus esforços. Não pense que é por não terem confiança em você que colocam algumas das responsabilidades sobre outros, pois isto o deixaria infeliz. "Não pensar mal", é um dos abençoados atributos de Jesus Cristo. CId 72 3 Seu caso foi exposto abertamente diante de mim e, pelo que me foi apresentado, sei que o irmão tem horas de tristeza e melancolia porque pensa que os irmãos simplesmente o toleram e não têm confiança em você, nem lhe dão crédito. Não seria correto para eles agirem com o irmão como fizeram com o Pastor Butler. Homens o colocaram onde Deus deveria ter sido posto e, assim fazendo, não só arruinaram a própria experiência religiosa deles, mas também a do Pastor Butler, e a igreja foi ficando fraca e sem Cristo porque glorificaram homens quando qualquer glória deveria ter sido dada a Deus. ... Cuidado com os estratagemas de Satanás. Nada pode enfraquecer e desequilibrar mais a mente humana do que acariciar males supostos, pensando que você não é apreciado. ... CId 73 1 Desejo muito que o irmão tenha uma mente confiante, que não precise depender da confiança passada em Deus, mas que tenha uma fé presente e vigorosa e mantenha sua confiança sem oscilação. Sua alma precisa ser aquecida e revigorada diariamente na verdade do evangelho e você mesmo precisa ser refrescado diariamente por uma experiência viva e nova. Desejo que tenha conforto, esperança e alegria no Espírito Santo. Nunca, nunca sinta a menor perturbação pelo fato do Senhor estar despertando jovens para erguerem e carregarem os fardos mais pesados e proclamarem a mensagem da verdade. -- Carta 14, 1891 "Não sejam acusadores dos irmãos" CId 73 2 Tenho ordem de dizer aos meus irmãos idosos que andem humildemente diante de Deus. Não sejam acusadores dos irmãos. Vocês têm de fazer o trabalho que lhes foi designado, sob a direção do Deus de Israel. A tendência para criticar é o maior dos perigos para muitos. Os irmãos que estão tentados a criticar são chamados a assumir responsabilidades que vocês talvez não possam assumir; mas podem ser seus auxiliares. Podem prestar grande serviço à causa, se quiserem, apresentando sua experiência passada, em relação com o trabalho feito por outros. O Senhor não deu a qualquer de vocês a incumbência de corrigir e censurar seus irmãos. ... CId 74 1 Prossegui, com seus irmãos, conhecendo mais ao Senhor. Simpatizem com aqueles que assumem pesadas responsabilidades, e os animem sempre que puderem fazê-lo. Suas vozes devem ser ouvidas em harmonia e não em dissensão. -- Evangelismo, 106, 107. Os idosos não devem trabalhar nas cidades CId 74 2 Homens e mulheres fracos ou idosos não devem ser enviados para trabalhar em cidades populosas e pouco saudáveis. Devem trabalhar onde sua vida não seja sem necessidade sacrificada. Nossos irmãos que pregam a verdade às cidades não devem ser obrigados a pôr em perigo a saúde no barulho, nas correrias e na confusão, se puderem ir para lugares mais distantes. -- Evangelismo, 71, 72. Evitar uma "religião fechada" CId 74 3 Caro irmão aflito: Asseguramos-lhe que simpatizamos com você em suas aflições e sofrimentos. ... CId 74 4 Freqüentemente, em seu zelo, o velho soldado no campo de batalha se expõe ao perigo e à morte. Ele não pode proceder de outra forma e ter a certeza de que está cumprindo com seu dever. Isto também se aplica ao serviço do Rei celestial. Recebem-se ferimentos e cicatrizes porque os soldados de Cristo, não querendo ficar isolados e inativos não querem abandonar o posto do dever e ficar satisfeitos com uma religião fechada, [dizendo]: "estou salvo", deixando que o mundo e os pecadores no mundo pereçam. ... CId 75 1 Meu irmão, não sinto que deva lhe dar uma palavra de censura, dizendo que é independente ou zeloso demais. Eu teria feito exatamente como você fez. Se tivesse previsto tudo, você teria se poupado muito sofrimento; mas isto não aconteceu e você agiu em seu zelo e devoção à causa da verdade, e alguns outros podem ser responsáveis por não cumprirem o dever deles. Mas eu não o censuro. -- Carta 5a, 1891. Comportamento infantil de obreiros adultos CId 75 2 Os olhos do Senhor estão sobre você. Ele deseja abrir diante de você um caminho para executar o trabalho que é capaz de fazer. Irmã S, o Senhor lhe dará o poder de compreender que não pode controlar-se com suas próprias forças. A irmã tem a idéia que tudo deve ser feito à sua maneira. Quando vê outros no serviço ativo, é tentada a pensar que foi deixada de lado e, por isso, se impacienta facilmente. CId 75 3 O amor de Cristo deve ser um princípio permanente na alma. Em sua idade, depois de levar uma vida de trabalhos, pode algo ser mais desejável do que quietude, amor, paz, descanso e tempo para se preparar para o encontro em paz com o Senhor quando Ele vier? A irmã está desgastada e não vê as coisas corretamente. Pedir-lhe que permaneça na posição de instrutora da juventude seria colocar uma carga pesada demais sobre seus ombros. Com os nervos cansados, seria um erro colocar-se numa posição cheia de perplexidades. Lidando com crianças, a irmã manifesta constantemente uma espécie de severidade. CId 76 1 Pode haver uma força tão grande quanto a do amor? O amor a Deus e ao próximo -- este é todo o dever que Deus pede de você. Não estrague o bom trabalho que já fez. Afaste-se da confusão da batalha e busque o descanso e a paz seguindo os caminhos de Deus. Portas de oportunidade vão se abrir para você. Irmão S, assuma o trabalho que Deus lhe deu como evangelista. CId 76 2 Irmão e irmã S, a pergunta probante está, agora, com vocês. Querem buscar o descanso e a paz, cultivando todas as suas forças para o futuro, para a vida imortal? O Senhor os considera com grande ternura. Ambos precisam ter menos responsabilidade no trabalho da escola. O Senhor deseja que ambos fiquem livres dos encargos que levaram até agora. ... CId 76 3 Nenhum dos dois deve se sentir como se estivesse divorciado da Obra. Ao ela progredir, deveriam sentir interesse nela e ficar agradecidos por existirem outros que podem levá-la avante com êxito. Um obreiro está adaptado para um tipo de trabalho e outro para outro. Todos devem prosseguir juntos, fazendo a obra avançar harmoniosamente. Paulo plantou, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento. O Senhor usa algumas pessoas para arar o terreno e plantar a semente, e outras para colher; e Ele leva ambos, tanto o que semeia como o que colhe, a se regozijarem no tempo da colheita. Essa é a maneira pela qual o Senhor sempre trabalhou. Deus deu a cada pessoa seu trabalho. Façamos nosso melhor. Se o Senhor estiver conosco, seremos prosperados. ... CId 76 4 Ao lerem esta carta, desejo que me tenham como sua melhor amiga. Respeito-os pela fidelidade de ambos no passado. Ambos têm um trabalho a fazer para o Senhor. Mas agora devem levar menos responsabilidade do que no passado. O motivo de eu estar falando especialmente da dispensa da irmã S do trabalho de ensinar é para que ela tenha a oportunidade constante de cultivar a doçura na disposição. CId 77 1 Minha irmã, não acaricie, nunca, pensamentos infelizes, nem pense que não está sendo tratada corretamente. Você se tornou infantil. Pode não reconhecer isto; no entanto, é o que está acontecendo. Precisa de quietude e descanso. A irmã tem fortes gostos e desgostos. Cuidado para não ser um obstáculo à obra de Deus. Por estar lhe falando destes pontos, não suponha, por um momento sequer, que desejo lhe causar alguma mágoa. CId 77 2 Meu filho Edson trabalhou incansavelmente para que ambos pudessem manter o relacionamento correto com os interesses da escola. Deixem Deus executar Seus planos infinitos. Como Sua mão ajudadora, cooperem com Ele na execução destes planos. Não sirvam de empecilho porque assim provocarão coisas a ser ditas e faladas que impedirão o trabalho para o qual, de maneira sábia, foram chamado a colaborar. CId 77 3 Minha irmã, eu lhe suplico que coloque de lado todo o sentimento de suspeita e inveja. Os olhos de Deus estão sobre ambos. Sofro pelo temor de que esta carta seja possivelmente mal compreendida, mas sou instruída a lhe dizer: Conheça quem são seus amigos e aprecie-os. Quando for necessário fazer um trabalho para corrigir abusos que se insinuaram na igreja, agradeça a Deus porque Ele falou. E quando o Senhor lhe falar, agradeça por lhe poupar futuras tristezas. CId 77 4 Estou instruída a adverti-la para que seja cuidadosa quanto ao espírito que manifesta com respeito ao desenvolvimento e ampliação do trabalho escolar porque não deve supor que, desajudada, é capaz de executar a tarefa de levar avante o crescente trabalho que começou. Não provoque dissensões por palavras desavisadas de criticismo com respeito ao procedimento de outros, mesmo que alguma coisa que lhe desagrada pareça ter sido desnecessariamente feita. Entristeci-me ao pensar que a irmã ficou descontente por coisas triviais. -- Carta 63, 1902. Perigo de aceitar sentimentos infiéis CId 78 1 Irmão [G. C.] Tenney, você tem se desviado da verdade mais do que está percebendo, e o contato com homens de Battle Creek lhe tem sido de grande dano. A luz da sua experiência passada está se enfraquecendo. CId 78 2 Fiquei surpresa e triste ao ler alguns dos seus artigos no Medical Missionary [Missionário Médico], especialmente os que dizem respeito ao tema do santuário. Esses artigos mostram que o irmão está se afastando da fé. Ajudou a confundir a compreensão do nosso povo. A compreensão correta do ministério no santuário celestial é o fundamento da nossa fé. CId 78 3 Se tivesse se mantido distante da influência sedutora que Satanás está exercendo no tempo presente em Battle Creek, estaria ainda em terreno vantajoso. CId 78 4 Estamos muito tristes ao ver o resultado do ajuntamento de um grande número de pessoas em Battle Creek. Ministros que foram crentes nas verdades fundamentais que fizeram de nós o que somos -- adventistas do sétimo dia; ministros que foram a Battle Creek para ensinar e manter as verdades da Bíblia, agora, idosos e de cabelos brancos, estão abandonando estas grandes verdades e aceitando sentimentos infiéis. Isto significa que o próximo passo será a negação de um Deus pessoal, derrubando os baluartes da fé plenamente revelados nas Escrituras. Na Palavra é dada a advertência: "Alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." 1 Timóteo 4:1. -- Carta 208, 1906. Ansiedade quanto ao dinheiro CId 79 1 Dá-se freqüentemente que os idosos não estão dispostos a compreender e reconhecer que sua força mental está falhando. Abreviam os próprios dias com o tomarem sobre si cuidados que pertencem a seus filhos. Satanás joga muitas vezes com a imaginação deles, e leva-os a sentirem contínua ansiedade com relação aos bens que possuem. Isto é seu ídolo, e amontoam com avareza. Privam-se muitas vezes dos confortos da vida, e trabalham além de suas forças, de preferência a empregar os meios que têm. Colocam-se assim em constante carência, por temor de que, em algum tempo futuro, venham a sofrer falta. CId 79 2 Todos esses temores são originados por Satanás. Ele estimula os órgãos que levam aos temores servis e aos ciúmes que corrompem a nobreza do intelecto e destroem os pensamentos e sentimentos elevados. Essas pessoas são insensatas no que respeita ao dinheiro. Caso tomassem a atitude que Deus deseja que mantenham, seus últimos dias seriam os melhores e mais felizes. Os que têm filhos em cuja honestidade e cuidadoso governo têm motivos para confiar, devem permitir que eles os tornem felizes. A menos que façam isto, Satanás se aproveitará de sua falta de resistência mental, e manejará com eles. Devem pôr de lado a ansiedade e as preocupações, ocupar o tempo da maneira mais satisfatória possível, e amadurecerem para o Céu. -- Testemunhos Para a Igreja 1:423, 424. O dinheiro não pode resgatar a alma CId 80 1 Considero-o, meu irmão, como estando em grande perigo. Seu tesouro está acumulado na Terra e seu coração está posto em suas riquezas. Porém, todos os meios que possa acumular, mesmo que sejam milhões, não serão suficientes para pagar o resgate de sua alma. Não permaneça na impenitência e incredulidade que, em seu caso, anulam os graciosos propósitos de Deus; não force a relutante mão divina sobre sua propriedade, nem traga aflição sobre si mesmo. CId 80 2 Quantos há que estão agora tomando um curso que certamente, em breve, atrairão visitações de juízo. Eles vivem, dia após dia, mês após mês, ano após ano, para seus próprios interesses egoístas. Sua influência e meios, acumulados mediante as habilidades e tino dados por Deus, são usados para si mesmos e suas famílias, sem um só pensamento para seu gracioso Benfeitor. Não permitem que nada retorne ao Doador. Em realidade, acham que sua vida e talentos a eles confiados lhes pertencem, e se devolvem a Deus a parte que Ele reclama com justiça, pensam que põem o Criador sob solene obrigação para com eles. Finalmente, Sua paciência com esses mordomos infiéis se esgota, e Ele faz com que todos os seus projetos egoístas e mundanos cheguem a um fim repentino, para mostrar-lhes que como ajuntaram para sua própria glória, Ele pode espalhar e deixá-los desamparados para resistir ao Seu poder. CId 81 1 Irmão J, dirijo-me hoje a você como a um prisioneiro da esperança. Será que vai considerar que seu sol passou por seu meridiano há algum tempo e agora declina rapidamente? Pode você discernir as prolongadas sombras? Você não tem senão pouco tempo no qual trabalhar por você, pela humanidade e por seu Mestre. Há uma obra especial a ser feita por sua própria alma, se o irmão quiser ser contado com os vencedores. Como está o registro de sua vida? Estará, porventura, Cristo rogando em vão por você? Ficará Ele desapontado com o irmão? Alguns de seus companheiros, que estavam lado a lado com o irmão, já foram chamados. A eternidade revelará se a fé deles foi à bancarrota e fracassaram em assegurar a vida eterna, ou se foram ricos para com Deus e herdeiros do "peso da glória, acima de toda comparação". 2 Coríntios 4:17. Considerará você que a grande paciência que Deus tem mostrado para com o irmão, chama-o ao arrependimento e humilhação de alma perante Ele? -- Testemunhos Para a Igreja 5:350, 351. Pôr as afeições numa terra melhor CId 81 2 Nosso idoso pai T tem suas afeições postas nas coisas da Terra, quando devem elas ser daí removidas e ele estar amadurecendo para o Céu. "A vida que agora" ele vive deve ser "na fé do Filho de Deus" (Gálatas 2:20); suas afeições devem estar numa terra melhor. Precisa ter cada vez menos interesse nos perecíveis tesouros terrenos, enquanto que os eternos, que são de grandíssima importância, devem atrair todo o seu interesse. Seus dias de graça estão quase findando. Oh, quão pouco tempo resta para dedicar a Deus! Suas energias estão esgotadas, sua mente debilitada e o melhor de seus serviços deve ser fraco; todavia, se forem inteiramente dedicados de coração, serão totalmente aceitáveis. Com sua idade, irmão T, houve um aumento do egoísmo e um mais firme e intenso amor pelos tesouros deste mundo mau. CId 82 1 A irmã T ama o mundo. Ela é naturalmente egoísta e sofreu muito com enfermidades físicas. Deus permitiu que essas aflições viessem sobre ela, mas não consentiu que Satanás lhe tirasse a vida. O Senhor pretendia que através da fornalha da aflição ela perdesse seu apego aos tesouros terrestres. Somente mediante o sofrimento isso poderia ser conseguido. Ela é daquelas cujo organismo foi envenenado por drogas. Ao tomá-las, ela ignorantemente fez de si o que é. Todavia, Deus não consentiu que sua vida fosse tirada, mas prolongou seus anos de prova e sofrimento para que pudesse ser santificada através da verdade, ser purificada, embranquecida e provada, e, pela fornalha da aflição, livrar-se da escória e tornar-se mais preciosa "do que o ouro puro e mais" rara "do que o ouro de Ofir". Isaías 13:12. -- Testemunhos Para a Igreja 2:184. ------------------------Capítulo 7 -- Mordomia enquanto se vive A obra de benevolência é duplamente abençoada CId 83 1 No plano da salvação, a sabedoria divina apontou a lei da ação e reação, tornando duplamente abençoada a obra de benevolência, em todos os seus ramos. Deus poderia ter realizado Seu propósito de salvar os pecadores sem o auxílio do homem, mas sabia que este não poderia ser feliz sem participar da grande obra da redenção. O homem não podia perder os abençoados resultados da benevolência, e nosso Redentor elaborou o plano de alistá-lo como Seu coobreiro. -- The Review and Herald, 23 de Março de 1897. CId 83 2 Quer tornar segura a sua propriedade? Coloque-a na mão que traz os sinais de cravos da crucifixão. Retenha-a em seu poder, e ela servirá para sua perda eterna. Entregue-a a Deus, e desse momento em diante ela terá Sua inscrição. Está selada com a Sua imutabilidade. Quer desfrutar seus bens? Use-os, então, de modo que sejam uma bênção para o sofredor. -- Testemunhos Para a Igreja 9:50, 51. CId 83 3 Para que nós mesmos possamos ser felizes, devemos viver para tornar outros felizes. É bom para nós dar nossas posses, nossos talentos e nossas afeições em grata devoção a Cristo, e dessa forma encontrar alegria aqui e imortal glória no além. -- Testemunhos Para a Igreja 3:251. Colocar os tesouros no céu CId 83 4 Cristo roga: "Ajuntem tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem." Essa obra de transferir suas posses para o mundo de cima é digna de todas as suas melhores energias. É da maior importância, e envolve seus interesses eternos. O que se dá à causa de Deus não é perdido. Tudo o que é dado para a salvação de pessoas e para a glória de Deus é investido no empreendimento de maior êxito desta vida e da vida futura. Seus talentos de ouro e prata, se dados aos banqueiros [celestes] estão aumentando o valor, o que será registrado em sua conta no reino dos Céus. Vocês devem ser os recipientes da riqueza eterna que aumentaram na mão dos banqueiros [celestes]. Ao dar à obra de Deus, estão ajuntando para vocês tesouros no Céu. Tudo o que ajuntam lá em cima está livre de desastre e perda, e aumenta, tornando-se bens eternos e duradouros. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1888. Ver também Conselhos Sobre Mordomia, 342. A mordomia é uma responsabilidade pessoal CId 84 1 Devem os pais exercer o direito que Deus lhes concedeu. Confiou-lhes os talentos que quer que usem para Sua glória. Não devem os filhos tornar-se responsáveis pelos talentos dos pais. Enquanto tiverem mente sã e bom juízo, devem os pais, com piedosa consideração e o auxílio dos devidos conselheiros que tenham experiência na verdade e conhecimento da vontade divina, dispor de suas propriedades. CId 84 2 Se tiverem filhos que estejam sendo afligidos ou lutando com a pobreza, e que farão cuidadoso uso dos recursos, devem eles ser tomados em consideração. Mas, se têm filhos descrentes que têm abundância dos bens deste mundo e que estejam servindo ao mundo, cometem um pecado contra o Mestre que os tornou Seus mordomos ao colocarem bens nas mãos deles meramente por serem seus filhos. Os reclamos de Deus não devem ser considerados levianamente. CId 85 1 E deve-se compreender claramente que o fato de os pais já terem feito seu testamento não os impede de dar recursos à causa de Deus enquanto vivem. E isso é o que devem fazer. Devem ter, aqui, a satisfação, e, na vida futura, a recompensa de disporem dos recursos excedentes enquanto viverem. Devem fazer sua parte no avanço da causa de Deus. Devem usar os bens que lhes foram emprestados pelo Mestre para levar avante a obra que deve ser feita em Sua vinha. CId 85 2 O amor ao dinheiro é a raiz de quase todos os crimes cometidos no mundo. 1 Timóteo 6:10. Os pais que de forma egoísta retêm seus recursos para enriquecer os filhos, e que não vêem as necessidades da causa de Deus e não as aliviam, cometem terrível erro. Os filhos a quem pensam abençoar com seus recursos são com isso amaldiçoados. CId 85 3 O dinheiro deixado para os filhos freqüentemente se torna "raiz de amargura". Hebreus 12:15. Freqüentemente brigam por causa da propriedade que lhes foi deixada e, em caso de testamento, raras vezes estão todos satisfeitos com a distribuição feita pelo pai. E em vez de os bens deixados despertarem a gratidão, a reverência a sua memória, criam insatisfação, murmuração, inveja e desrespeito. Irmãos e irmãs que estavam em paz uns com os outros são às vezes postos em desacordo, havendo freqüentemente desavença na família como resultado de bens herdados. As riquezas são apenas desejáveis como um meio de suprir as necessidades presentes, e de fazer bem aos outros. Mas as riquezas herdadas com mais frequência se tornam uma cilada para quem as possui, em vez de uma bênção. Não devem os pais procurar fazer com que os filhos enfrentem as tentações a que eles os expõem ao lhes deixarem recursos que estes nenhum esforço fizeram para adquirir. CId 86 1 Foi-me mostrado que alguns filhos que professam crer na verdade influenciam, indiretamente, o pai a guardar seus bens para eles em vez de os empregar na causa de Deus enquanto vive. Os que assim têm influenciado o pai a transferir para eles a sua mordomia mal sabem o que estão fazendo. Estão amontoando sobre si mesmos dupla responsabilidade, a de influenciar a mente do pai de tal modo que ele não cumpra o propósito de Deus na distribuição dos recursos que por Ele lhe foram confiados para serem usados para Sua glória, e a responsabilidade adicional de se tornarem mordomos dos recursos que deveriam ter sido dados pelo pai aos banqueiros, para que o Mestre pudesse receber com juros o que Lhe pertencia. CId 86 2 Muitos pais cometem um grande erro ao passarem sua propriedade de suas mãos para as dos filhos, ainda que eles mesmos sejam responsáveis pelo uso ou abuso dos talentos que Deus lhes emprestou. Nem os pais nem os filhos se tornam mais felizes por essa transferência de propriedade. E se os pais viverem uns poucos anos mais, arrepender-se-ão geralmente dessa ação que praticaram. O amor filial, em seus filhos, não é aumentado por essa atitude. Não sentem os filhos maior gratidão e obrigação para com os pais por sua liberalidade. Parece haver uma maldição na raiz dessa questão, cuja colheita é apenas o egoísmo da parte dos filhos, e a infelicidade e terrível sentimento de estrita dependência da parte dos pais. CId 87 1 Se os pais, enquanto vivem, ajudassem os filhos a ajudar a si mesmos, seria melhor do que deixar-lhes uma grande quantia ao morrerem. Os filhos a quem se deixa confiar principalmente nos próprios esforços tornam-se melhores homens e mulheres, e estão melhor habilitados para a vida prática do que os que dependem dos bens do pai. Os filhos que dependem dos próprios recursos geralmente prezam sua capacidade, aproveitam seus privilégios e cultivam e dirigem suas faculdades no sentido de alcançar um propósito na vida. Freqüentemente desenvolvem hábitos de operosidade, economia e valor moral, que são o fundamento do êxito na vida cristã. Os filhos por quem os pais mais fazem freqüentemente são os que menos obrigação sentem para com eles. -- Testemunhos Para a Igreja 3:121-123. Transferindo as responsabilidades para outros CId 87 2 Os irmãos observadores do sábado que passam a responsabilidade de sua mordomia para as mãos das esposas, enquanto eles mesmos estão em condições de assumi-la, são insensatos, e ao transferi-la desagradam a Deus. A mordomia do marido não pode ser transferida para a esposa. No entanto, acontece às vezes tal coisa, com grande prejuízo para ambos. CId 87 3 Às vezes o marido crente tem transferido sua propriedade para a companheira descrente, esperando assim satisfazê-la, desarmar-lhe a oposição, e finalmente induzi-la a crer na verdade. Mas isso não é nada mais do que uma tentativa de comprar a paz, ou subornar a esposa para crer na verdade. Os meios que Deus emprestou para levar avante Sua causa transfere o marido para alguém que nenhuma simpatia tem para com a verdade: que contas tal mordomo prestará quando o grande Mestre exigir o que é Seu com os juros? CId 88 1 Pais crentes têm, freqüentemente, transferido sua propriedade para filhos descrentes, tirando assim toda a possibilidade de darem a Deus o que Lhe pertence. Ao assim fazerem, eximem-se da responsabilidade que Deus sobre eles colocou e põem nas fileiras do inimigo meios que Deus lhes confiou para Lhe serem devolvidos e empregados em Sua causa quando deles o requerer. CId 88 2 Não é plano de Deus que os pais que estão em condições de dirigir seus próprios negócios entreguem o controle de sua propriedade, mesmo a filhos que sejam da mesma fé. Raramente possuem eles a dedicação à causa de Deus que deveriam ter, e não têm passado pela escola da adversidade e da aflição, de modo a terem a mais elevada consideração pelo tesouro eterno e menos estima aos tesouros terrenos. Os meios colocados nas mãos de tais pessoas se tornam o maior dos males. É para eles uma tentação dedicar sua afeição ao que é terreno, confiar na propriedade, e achar que eles pouco mais necessitam além disso. Ao ficarem de posse dos meios que não adquiriram com seus próprios esforços, dificilmente os usam sabiamente. CId 88 3 O marido que transfere sua propriedade para a esposa, abre para ela uma larga porta de tentação, quer seja ela crente ou descrente. Se é crente, e de natureza mesquinha, inclinada ao egoísmo e a adquirir, a luta será muito maior para ela ao ter de manejar a mordomia do marido e a sua própria. Para poder ser salva, deve vencer todos esses maus traços que lhe são peculiares e imitar o caráter do seu divino Senhor, buscando a oportunidade de fazer bem aos outros e amando os outros como Cristo nos amou. Deve cultivar o precioso dom do amor que nosso Salvador possuía em tão grande escala. Sua vida era caracterizada por nobre e desinteressada benevolência. Toda ela não teve a mancha de um único ato egoísta. -- Testemunhos Para a Igreja 1:528, 529. Caridade moribunda versus benevolência viva CId 89 1 Vi que muitos sonegam a causa de Deus enquanto estão vivos, acalmando a consciência com a idéia de que serão caridosos na morte; dificilmente ousam exercer fé e confiança em Deus para dar qualquer coisa enquanto vivem. Mas essa caridade de leito de morte não é o que Cristo exige dos Seus seguidores; ela não pode desculpar o egoísmo das suas vidas. Os que se apegam às suas propriedades até o último momento, entregam-nas à morte em vez de fazê-lo para a causa. Os prejuízos ocorrem continuamente. Bancos vão à falência e as propriedades são consumidas de muitas maneiras. Muitos se propõem a fazer algo, mas adiam o assunto, e Satanás entra em ação para que de modo algum os meios sejam postos no tesouro. Perdem-se antes de voltar para Deus e Satanás exulta com isto. CId 89 2 Se desejarem fazer o bem com seus recursos, façam-no logo, antes que Satanás meta suas mãos e retarde a obra de Deus. Muitas vezes, quando o Senhor abre o caminho para os irmãos usarem seus meios no avanço da Sua causa, agentes de Satanás lhes apresentam algum empreendimento que, sendo positivo, poderia duplicar seus bens. Engolindo a isca, investem seu dinheiro, e a causa, e freqüentemente eles mesmos, nunca recebem uma moeda sequer. CId 90 1 Irmãos, lembrem-se da causa; e quando tiverem recursos à sua disposição, estabeleçam para vocês mesmos um bom fundamento para o futuro a fim de que possam desfrutar a vida eterna. Por amor de vocês, Jesus Se tornou pobre para que através da Sua pobreza se tornassem ricos em tesouros celestiais. Que darão para Jesus, que tudo deu por vocês? CId 90 2 Não lhe será conveniente confiar suas dádivas generosas a legados testamentários na morte. Não podem garantir, com o menor grau de segurança, que a causa seja beneficiada por eles. Satanás age com muita astúcia para incitar os parentes a tomarem posições falsas para que o mundo fique com o que foi solenemente dedicado para a causa de Deus. Recebe-se sempre muito menos do que a soma desejada. Satanás põe no coração de homens e mulheres um protesto contra a ação de parentes que se propõem executar seus desejos na aplicação de sua propriedade. Eles parecem considerar tudo o que foi dado para o Senhor como um roubo feito aos parentes do falecido. Se desejam que seus recursos sejam aplicados na causa, façam, enquanto viverem, a doação de tudo aquilo que não necessitam para seu sustento. Uns poucos irmãos estão fazendo isto e desfrutando o prazer de serem seus próprios testamenteiros. Tornará a cobiça dos homens necessário que sejam privados da vida para que as propriedades que Deus lhes emprestou não fiquem inúteis para sempre? Que nenhum de vocês traga sobre si a condenação do servo negligente que enterrou o dinheiro do seu Senhor. CId 91 1 A caridade moribunda é um pobre substituto para a benevolência viva. Muitos legam tudo para amigos e parentes, exceto uma insignificância que dão para o supremo Amigo, Aquele que Se tornou pobre por causa deles, que sofreu insultos, zombarias e morte para que pudessem ser filhos e filhas de Deus. Contudo, esperam que, quando os justos mortos ressuscitarem para a vida imortal, este Amigo os leve também para Suas eternas habitações. CId 91 2 A causa de Cristo é roubada não por um simples pensamento passageiro, não por um ato impensado. Não. É por um ato deliberado de vocês mesmos que fazem o próprio testamento, colocando suas propriedades à disposição de descrentes. Depois de terem roubado a Deus durante a vida, continuam a roubá-Lo após a morte e fazem isto com o pleno consentimento de todas as suas faculdades mentais, num documento que é chamado de seu testamento. Qual, pensam, será o testamento do Mestre em seu favor, por assim procederem para com Ele? Que dirão quando se lhes pedir conta de sua mordomia? CId 91 3 Irmãos, despertem dessa vida de egoísmo e procedam como cristãos coerentes. O Senhor exige que economizem seus recursos e façam fluir para Seu tesouro tudo aquilo que não necessitarem para seu conforto. Irmãs, tomem aqueles dez centavos, aqueles vinte centavos, aquele real que iriam gastar em doces, adornos ou fitas e doem-nos para a causa de Deus. Muitas das nossas irmãs têm bons rendimentos, mas gastam quase tudo na satisfação do orgulho no vestuário. CId 91 4 À medida que nos aproximamos do fim do tempo, aumentam continuamente as necessidades da causa. Necessitam-se de meios para dar aos jovens um breve curso em nossas escolas a fim de prepará-los para trabalharem com eficiência no ministério e em outros ramos da causa. Não estamos correspondendo aos privilégios que temos neste assunto. Todas as nossas escolas serão fechadas em breve. Quanto mais poderia ter sido feito se os homens tivessem obedecido aos requisitos de Cristo no tocante à beneficência cristã! Que influência teria tido sobre o mundo esta prontidão em dar tudo para Cristo! Teria sido um dos mais convincentes argumentos em favor da verdade na qual professamos crer -- argumento que o mundo não poderia deixar de compreender nem contradizer. ... CId 92 1 Partamos individualmente para o trabalho de estimular outros pelo nosso exemplo de benevolência desinteressada. A obra poderia ter avançado com muito mais poder se todos tivessem feito o que pudessem para suprir o tesouro com recursos. -- Testemunhos Para a Igreja 5:154-157. Negócios desorganizados CId 92 2 O irmão e a irmã L devem confiar na obra para estes últimos dias e aperfeiçoar o caráter cristão, para que possam receber o galardão eterno quando Jesus voltar. O vigor físico e mental do irmão L está enfraquecendo. Ele está se tornando incapaz de assumir muitas responsabilidades. Deve tomar conselho com seus irmãos que são fiéis e prudentes. CId 92 3 O irmão L é um mordomo de Deus. Foram-lhe confiados recursos e ele deve estar alerta a seu dever, e dar "a Deus o que é de Deus". Mateus 22:21. Não deve deixar de compreender as reivindicações de Deus quanto a ele. Enquanto vive e tem o poder de raciocinar, deve ele aproveitar a oportunidade de apropriar-se dos bens que Deus lhe confiou, em vez de deixá-los a outros, para uso e apropriação após o término de sua vida. CId 93 1 Satanás está sempre pronto a obter vantagem das fraquezas e enfermidades dos seres humanos para alcançar seus propósitos. Ele é um adversário astuto e tem dominado a muitos que tinham bons propósitos de beneficiar a causa de Deus com seus recursos. Alguns têm negligenciado a obra que Deus lhes confiou em apropriar-se de seus recursos. E enquanto são negligentes em garantir à causa de Deus os recursos que Ele lhes deu, Satanás vem e os transfere para suas próprias fileiras. CId 93 2 O irmão L deve agir mais cautelosamente. Os que não são de nossa fé obtêm dele recursos sob os mais variados pretextos. Ele confia neles, crendo serem honestos. É-lhe impossível recuperar todos os recursos que deixou escorregar de suas mãos para as fileiras do inimigo. Ele poderia fazer um seguro investimento de seus recursos para auxiliar a causa de Deus, ajuntando assim tesouros no Céu. Freqüentemente não pode ajudar quando deseja, porque é incapaz e não sabe controlar o dinheiro. Quando o Senhor reivindica recursos, dá-se comumente estarem eles nas mãos dos que os receberam por empréstimo, alguns dos quais nunca planejam devolver, e outros que não sentem nenhuma preocupação a respeito. CId 93 3 Satanás cumprirá seu propósito tão completamente através de mordomos desonestos quanto por qualquer outro meio. Tudo o que o adversário da verdade e da justiça quer é evitar o progresso do reino de nosso Redentor. Ele opera através de agentes para realizar seu propósito. Se puder evitar que os recursos sejam dirigidos ao tesouro de Deus, será bem-sucedido em um ramo de sua obra. Para promover sua obra, ele tem retido em suas fileiras os recursos que deveriam ser usados para ajudar no grande plano de salvar almas. CId 94 1 O irmão L deve manter honestamente todos os seus negócios e não deixá-los à deriva. É seu privilégio ser rico em boas obras, e lançar para si mesmo um bom alicerce para o tempo por vir, para tomar posse da vida eterna. Não é seguro para ele seguir o próprio julgamento falho. Ele deve aconselhar-se com irmãos experientes e buscar sabedoria de Deus, para bem fazer essa obra. Deve agora estar diligentemente providenciando para si mesmo "bolsas que não se envelheçam, tesouro nos Céus que nunca acabe". Lucas 12:33. -- Testemunhos Para a Igreja 2:675, 676. Auxílio necessário agora CId 94 2 Muitos que podem dar liberalmente para a obra quando ela está em necessidade; retêm egoisticamente seus recursos, acalmando a consciência com o plano de fazer algo de grandioso para a causa de Deus após sua morte. Fazem seu testamento dando grande soma para a igreja e seus vários interesses e ficam descansados pensando que fizeram tudo o que deles é exigido. Em que se sacrificaram com este ato? Pelo contrário, revelaram egoísmo. Propõem-se a dar para Deus apenas o dinheiro que não mais podem usar. Querem retê-lo durante o tempo que puderem até terem de abandoná-lo por causa de um mensageiro que não podem evitar. CId 94 3 Deus fez de todos nós Seus mordomos e em caso algum nos autorizou a negligenciar nosso dever, deixando que outros o cumpram. O apelo por recursos para o avanço da causa da verdade nunca foi tão urgente como agora. Nunca nosso dinheiro poderá fazer bem maior do que no tempo presente. Cada dia na demora de fazer uma doação apropriada diminui o período no qual ela poderia fazer o bem na salvação de pessoas. Se deixarmos para os outros realizarem aquilo que Deus deixou para nós fazermos, tratamos mal a nós mesmos e Aquele que nos deu tudo o que temos. Como podem os outros fazer nosso trabalho de benevolência melhor do que nós mesmos? Tanto quanto for praticável, Deus quer que, enquanto viver, cada um seja seu próprio testamenteiro nesse assunto. CId 95 1 Adversidade, acidentes ou intrigas podem interromper para sempre atos de benevolência desejados por quem acumulou uma fortuna e não mais a pode guardar. É triste ver muitos negligenciarem a oportunidade áurea que têm de praticar o bem no presente, mas esperam até que sua mordomia lhes seja tirada antes de devolverem para o Senhor os recursos que Ele lhes emprestou a fim de serem usados para Sua glória. CId 95 2 Uma característica marcante dos ensinos de Cristo é a freqüência e sinceridade com que repreendeu o pecado da cobiça, e apontou o perigo das aquisições mundanas e do amor desordenado ao lucro. Nas mansões dos ricos, no Templo e nas ruas, Ele admoestou os que buscavam a salvação: "Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza." "Não podeis servir a Deus e às riquezas." Lucas 12:15; Mateus 6:24. CId 95 3 É esta devoção crescente ao ganho de dinheiro, o egoísmo gerado pelo desejo de lucros que enfraquece a espiritualidade de muitos na igreja e remove deles o favor de Deus. Quando a cabeça e as mãos estão constantemente ocupadas com os planos e a luta para acumular riquezas, os clamores de Deus e da humanidade ficam esquecidos. CId 96 1 Não é porque Deus nos abençoou com a prosperidade que nossa atenção deve ser desviada dEle e voltada para aquilo que nos emprestou. O Doador é maior do que a dádiva. Fomos comprados por um preço e não somos de nós mesmos. Esquecemo-nos do preço infinito pago pela nossa redenção? Está a gratidão morta em nosso coração? Porventura, a cruz de Cristo não envergonha uma vida de ócio egoísta e de satisfação? -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1906. Campos novos que devem ser trabalhados CId 96 2 Caro irmão Craw: Escrevo-lhe porque você e eu estamos envelhecendo e, agora, precisamos examinar-nos cuidadosamente. Que estamos fazendo com o talento dos recursos que nos foram emprestados pelo Mestre? Que fez durante a vida, meu irmão? Devolveu para o Senhor aquilo que é realmente dEle? Pensa que tem feito tudo o que é pedido de você para o avanço da Sua obra? Enquanto orava sobre o tema da nossa grande necessidade de dinheiro para entrar em novos campos e levantar o estandarte em lugares onde a verdade nunca foi pregada, o irmão me foi apresentado. Foi como se o seu nome fosse pronunciado, e o Senhor dissesse: "Ele tem o dinheiro que lhe confiei e será do seu próprio interesse eterno colocá-lo em novos campos missionários onde devemos trabalhar." CId 96 3 Resolvi escrever-lhe, meu irmão. Pode enviar-nos um donativo nesta nossa grande necessidade? Se o Senhor lhe indicar que o dinheiro que tem deve ser usado no avanço da Sua Obra, não no-lo quer enviar para ser investido? Usei tudo o que tinha e agora lhe peço que devolva para o Senhor os recursos que Ele lhe confiou. Vemos tantos campos se abrindo em todas as direções. O povo nos está chamando para ir e ter reuniões com ele e não podemos nos recusar. Quis empenhorar minha propriedade, mas os bancos na Austrália não se interessam por esse tipo de investimento. O Senhor me indicou claramente que pode aliviar-nos, investindo recursos nesta boa obra. Há um grande trabalho para ser feito e desejamos penetrar nesta abertura providencial de Deus. Houve um avanço considerável e não podemos parar agora. CId 97 1 Dirijo-me diretamente a você. Não deseja, agora, dar de volta uma porção do dinheiro do Senhor que está em suas mãos e aliviar-nos nesta premente necessidade? Que o Senhor torne seu coração bem disposto, é a minha prece. Desejamos fazer todo o possível para salvar pessoas que estão perecendo em seus pecados. Uma alma é de maior valor do que todo o mundo. Compreendemos que está sendo feito um bom trabalho. Em Newcastle foram batizadas cerca de trinta e cinco pessoas e quinze mais estão aguardando o batismo. O lugar inteiro está desperto. As cidades próximas precisam ser trabalhadas. Devemos parar por falta de dinheiro quando ele está nas mãos dos mordomos de Deus e deveria vir até nós? CId 97 2 Na parábola se nos mostrou que cada um recebeu algo do Mestre. Cada um deve fazer a sua parte para suprir as necessidades que surgem no avanço da verdade. As propriedades são um talento. O Senhor manda Sua mensagem: "Venda o que tem e dê esmolas." Não há duvida de que tudo o que temos pertence ao Senhor. "Minha é a prata, Meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos." Ageu 2:8. Por que não deveríamos, quando pressionados financeiramente, apresentar nossas grandes necessidades àqueles para quem Deus entregou significativamente Seu dinheiro em confiança, para ser usado no avanço da obra de salvar pessoas prestes a perecer? Não desejamos que semeei parcamente porque, então, parcamente colherá. Desejamos, meu irmão, que deposite tesouros no Céu. Os que semearem com abundância, com abundância ceifarão. A colheita será proporcional à semeadura. Leia o nono capítulo da segunda epístola aos Coríntios. CId 98 1 Em breve Cristo vai recompensar todos os homens de acordo com sua obra. Logo, o dinheiro passará das suas mãos para outras que vão administrá-lo. Não será então que se fará o teste da sua mordomia. Agora ela é sua e, por ela, o Senhor deseja prová-lo. Enquanto está vivo, seja seu próprio esmoler e receba as bênçãos que lhes sobrevirão no desempenho fiel do dever. Devolva a Deus o que Lhe pertence. Este é o caminho de Deus. Ele sempre empresta talentos a Seus mordomos a fim de que o usem para espalhar o conhecimento da verdade. Esta obra não poderá ser feita sem os recursos que estão nas mãos dos servos de Deus. CId 98 2 Convidamos-lhe a dispor de suas propriedades. Isto Deus pede de você. Precisamos construir casas de reuniões e hospitais para nossos doentes. Precisamos de recursos para avançar a obra de Deus neste novo mundo [Austrália]. Seja liberal para que Deus possa avançar Sua causa. -- Carta 53, 1899. Deus quer nos ensinar nosso dever CId 98 3 Há homens e mulheres pobres que me estão escrevendo pedindo conselhos se devem ou não vender seus lares e dar o resultado para a causa. Dizem eles que os apelos por recursos agitam sua alma e querem fazer algo pelo Mestre que tudo fez por eles. Desejo dizer-lhes o seguinte: "É possível que não seja sua obrigação vender suas pequenas casas exatamente agora; mas vão a Deus por vocês mesmos; o Senhor certamente ouvirá suas fervorosas preces pedindo sabedoria para compreenderem seu dever." Se houvesse mais busca da sabedoria de Deus e menos da sabedoria dos homens, haveria muito maior luz do Céu e Deus abençoaria o humilde que O busca. CId 99 1 Mas posso dizer àqueles a quem Deus confiou bens, que têm terras e casas: "Comecem suas vendas e dêem esmolas. Não se demorem. Deus espera mais de vocês do que estão dispostos a fazer." Apelamos a vocês, os que têm recursos, que indaguem com orações sinceras: Que extensão tem a reivindicação divina sobre mim e sobre minhas propriedades? Há trabalhos que devem ser feitos agora na preparação de um povo que esteja firme no dia do Senhor. É preciso investir recursos na obra de salvar almas que, por sua vez, vão trazer suas ofertas para o tesouro e ganhar mais almas para o Senhor. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1888. ------------------------Capítulo 8 -- A importância dos testamentos Executores do testamento de Deus CId 100 1 Cristo ama a raça humana e em todos os atos da Sua vida expressou esse amor. Ele apela aos homens para que amem uns aos outros assim como Ele os amou. Seu poder e amor salvadores devem ser sempre os temas dos que crêem em Deus. CId 100 2 Pouco antes da Sua ascensão, Ele deu aos Seus discípulos a comissão: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século". Mateus 28:19, 20. CId 100 3 Assim, foi dada aos discípulos a mais preciosa responsabilidade. Deveriam eles ser os executores do testamento pelo qual Cristo legou ao mundo os tesouros da vida eterna. Eles compreenderam a responsabilidade do seu trabalho. Sabiam que tinham em suas mãos o pão da vida para um mundo faminto e foram para todas as partes pregando a palavra. O amor de Cristo os constrangia e não se podiam abster de partir o pão da vida para todos os que estavam em necessidade. As últimas palavras do Salvador estavam constantemente soando em seus ouvidos. CId 100 4 No legado entregue aos primeiros discípulos, cada crente tem a sua parte. Cada um deve ser o testamenteiro do Salvador. A cada um se deu a verdade sagrada para ser entregue a quem a procura com fervor. Cada crente deve ser um obreiro juntamente com Deus. -- The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1902. Não deve ser adiada CId 101 1 Aos idosos, que estão perdendo sua segurança nesta vida, apelo para fazerem disposição correta dos seus bens do Senhor, antes de dormirem em Jesus. Lembrem-se de que são mordomos do Senhor. Devolvam o que pertencem ao Senhor enquanto vivem. Não falhem em atender enquanto ainda raciocinam bem. À medida que a velhice chega, é nosso dever dispor dos recursos que temos para os propósitos estabelecidos por Deus. Satanás está usando de todos os expedientes para desviar da causa do Senhor os recursos de que ela tanto necessita. Muitos estão ligando seus talentos financeiros a empreendimentos mundanos, quando a causa de Deus precisa de todo o real para promover Sua verdade e glorificar Seu nome. Pergunto: Não deveríamos depositar para nós mesmos tesouros no Céu, em bolsas que não envelhecem? CId 101 2 Gostaria de insistir especialmente com os idosos que estão prestes a dispor dos seus meios para se lembrarem dos que ministraram fielmente a palavra e a doutrina. Ponham seus recursos onde, falte a saúde ou a vida, possam ser investidos na causa de Deus. Desta forma, serão entregues aos banqueiros [celestes] onde se multiplicarão constantemente. -- Testemunhos Para a Igreja 7:295, 296. Quando Satanás controla os assuntos comerciais CId 101 3 Deus Se desgosta com a maneira negligente, frouxa em que muitos dos que professam ser Seu povo dirigem seus negócios mundanos. Parecem ter perdido todo o senso de que a propriedade que estão usando pertence a Deus, e Lhe devem prestar contas de sua mordomia. Alguns têm os negócios seculares em total confusão. Satanás observa tudo isto, e dá o golpe no momento oportuno, tirando, por seu mau uso, muitos recursos das fileiras dos observadores do sábado. E esses meios vão para as fileiras dele. CId 102 1 Alguns, já idosos, não querem tomar quaisquer providências quanto a seus negócios seculares e, inesperadamente, adoecem e morrem. Os filhos, que não têm interesse na verdade, tomam a propriedade. Satanás manobrou da maneira que lhe convinha. "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?" Lucas 16:11, 12. CId 102 2 Foi-me mostrado o terrível fato de que Satanás e seus anjos têm tido mais que ver com o uso da propriedade do povo que professa ser de Deus, do que o próprio Senhor. Os mordomos dos últimos dias são imprudentes. Permitem que Satanás lhes controle as questões de negócios, e leve para as próprias fileiras aquilo que pertence à causa de Deus, e nela deveria estar. Deus observa vocês, mordomos infiéis; Ele os chamará a contas. CId 102 3 Vi que os mordomos de Deus podem, mediante fiel e cuidadosa administração, manter seus negócios neste mundo ordenados, exatos e corretos. E é especialmente privilégio e dever dos idosos, dos fracos e dos que não têm filhos, colocarem os recursos de que dispõem onde eles possam ser empregados na causa de Deus, caso eles sejam subitamente tirados. Mas vi que Satanás e seus anjos exultam ante o êxito que obtêm nesse assunto. E os que devem ser sábios herdeiros da salvação quase deixam voluntariamente o dinheiro de seu Senhor escapar-lhes das mãos para as fileiras do inimigo. Por esta maneira, fortalecem o reino de Satanás, e parecem sentir-se muito sossegados a esse respeito! -- Testemunhos Para a Igreja 1:199, 200. Quando é importante o conselho legal CId 103 1 Na reunião campal em Vermont, em 1870, senti-me impelida pelo Espírito de Deus a apresentar um testemunho franco relativo ao dever de pais idosos e ricos quanto à disposição de sua propriedade. Foi-me mostrado que alguns homens espertos, prudentes e atentos na transação de negócios em geral, homens que se destacam por prontidão e meticulosidade, manifestam uma falta de previsão e presteza quanto à disposição adequada de sua propriedade enquanto vivem. Não sabem quão logo seu tempo de graça pode findar; contudo passam de ano a ano com seus negócios não resolvidos, e freqüentemente sua vida finda quando já não fazem uso da razão. Ou podem morrer repentinamente, sem um momento de aviso, e sua propriedade é disposta de um modo que não teriam aprovado. Esses são culpados de negligência; são mordomos infiéis. CId 103 2 Cristãos que crêem na verdade presente devem manifestar sabedoria e previdência. Não devem negligenciar a disposição de seus recursos, esperando uma oportunidade favorável de ajustar seus negócios durante uma longa enfermidade. Devem manter seus negócios de tal forma que, se fossem chamados a qualquer hora para deixá-los e não tivessem voz nos arranjos, pudessem ser solucionados como gostariam que fossem se estivessem vivos. Muitas famílias têm sido defraudadas desonestamente de toda sua propriedade e ficaram sujeitas à pobreza porque o trabalho que podia ter sido bem feito numa hora foi negligenciado. Aqueles que preparam seu testamento não devem poupar esforço ou despesa para obter conselho jurídico e os preparar de modo a resistir à prova. CId 104 1 Vi que aqueles que professam crer na verdade devem mostrar sua fé por suas obras. Devem granjear "amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos". Lucas 16:9. Deus fez o homem mordomo de recursos. Colocou em suas mãos o dinheiro com o qual levar adiante a grande obra para a salvação de pecadores pelos quais Cristo deixou Sua morada, Suas riquezas, Sua glória, e tornou-Se pobre para que pudesse, por Sua humilhação e sacrifício, trazer muitos filhos e filhas de Adão a Deus. Em Sua providência o Senhor ordenou que o trabalho em Sua vinha fosse sustentado pelos recursos confiados às mãos de Seus mordomos. Negligência de sua parte em atender aos apelos da causa de Deus em levar adiante Sua obra mostra que são servos infiéis e ociosos. -- Testemunhos Para a Igreja 3:116, 117. Os testamentos devem resistir á prova da lei CId 104 2 Muitos testamentos foram feitos de modo tão vago que não tiveram validade perante a lei, e deste modo grandes somas para a causa foram perdidas. Nossos irmãos devem reconhecer que sobre eles, como fiéis servos na causa de Deus, pesa a responsabilidade de agir prudentemente nesses casos, a fim de assegurar para o Senhor o que Lhe pertence. CId 104 3 Muitos manifestam nesse aspecto uma delicadeza descabida. Procedem como se estivessem pisando terreno proibido quando apresentam a pessoas de idade avançada ou inválidos o assunto de seus bens, a fim de saber como pretendem dispor deles. Entretanto, é este um dever tão sagrado como pregar o Evangelho para a salvação de almas. Consideremos uma pessoa que tem dinheiro e propriedades de Deus em suas mãos. Ela está prestes a transferir sua mordomia. Colocará ela os recursos, que de Deus recebeu emprestados para serem usados em Sua obra, nas mãos de ímpios, simplesmente por serem estes seus parentes? Não devem homens cristãos tomar o devido interesse e experimentar ansiedade, tanto pelo bem-estar futuro dessa pessoa como pelos interesses da causa de Deus, a fim de que disponha retamente dos bens de seu Senhor -- os talentos que lhe foram confiados para sábio uso? Quererão seus irmãos que a assistem, vê-la deixar esta vida, ao mesmo tempo privando de recursos a tesouraria de Deus? Isto significaria uma perda tremenda para ela e para a causa; porque, abandonando seus talentos nas mãos de indivíduos que não têm nenhuma consideração pela verdade divina, de caso pensado coloca os talentos em um lenço e os esconde na terra. CId 105 1 Deus deseja que Seus seguidores disponham pessoalmente de seus bens, enquanto isso lhes seja possível. Dirá alguém: "Temos porventura de renunciar a tudo que consideramos nossa propriedade?" Pode isto não nos ser exigido ainda, mas devemos estar prontos a fazê-lo por amor de Cristo. Devemos reconhecer que nossas propriedades são totalmente Suas, e usá-las liberalmente quando o progresso da obra o exigir. Muitos fecham os ouvidos aos pedidos de dinheiro para enviar missionários ao estrangeiro, e para a difusão da verdade por meio de impressos que devem ser espalhados por todo o mundo como folhas de outono. CId 106 1 Essas pessoas justificam sua avareza, alegando que tomaram disposições que deverão revelar sua caridade por ocasião da morte. Na disposição de sua última vontade, contemplaram a obra de Deus. Por isso conduzem uma vida de avareza, roubam a Deus nos dízimos e ofertas, e pelo seu testamento Lhe restituem apenas pequena parte do que lhes confiou, enquanto a parte maior reverte para os parentes, que não tomam nenhum interesse pela verdade. Constitui esta uma das piores formas de roubo. Roubam a Deus daquilo que Lhe devem, e isto não só durante a vida mas também na morte. CId 106 2 É completa loucura deixar até quase à hora da morte a preparação para a vida futura. É também um erro grave protelar a resposta aos apelos de liberalidade para a obra de Deus, até o tempo de transferir a outros a mordomia. Aqueles a quem confiarem os talentos que de Deus receberam podem não administrá-los assim como vocês o têm feito. Como poderão pessoas abastadas arriscar-se a tanto? Os que esperam até à hora da morte para dispor sobre seus bens, parece que o fazem mais por causa da morte do que por amor a Deus. Assim procedendo, muitos estão agindo em oposição direta ao plano que Deus estabeleceu em Sua Palavra. Se quiserem fazer bem, devem aproveitar os preciosos momentos do presente, e empenhar todos os esforços, como que temendo perder a oportunidade favorável para o fazer. CId 106 3 Os que negligenciam deveres de que estão perfeitamente inteirados, deixando de corresponder às reivindicações que Deus lhes faz nesta vida, e procurando acalmar a consciência com o propósito de por ocasião de sua morte estabelecer um legado, não receberão da parte do Mestre palavras de aprovação nem recompensa. Eles não praticaram abnegação, mas retiveram egoistamente seus recursos enquanto puderam, renunciando-os só quando a morte os levou. CId 107 1 Se fossem cristãos verdadeiros, praticariam em vida, estando ainda sãos e fortes, o que transferem até estarem prestes a morrer. Dedicariam a Deus o próprio ser e o que possuem, e conquanto agindo como Seus mordomos, teriam a satisfação de estar cumprindo seu dever. Como executores de seus próprios testamentos poderiam por si mesmos satisfazer às reivindicações divinas, em vez de deixar a responsabilidade disso a outros. CId 107 2 Devemos considerar-nos despenseiros da propriedade do Senhor, e a Deus como Proprietário absoluto, a quem devemos entregar o que é Seu, quando Ele o requer. Quando Ele vier para receber com juros o que Lhe pertence, os cobiçosos se persuadirão de que, em vez de ter multiplicado seus talentos, acarretaram sobre si mesmos a condenação pronunciada contra o servo mau e infiel. CId 107 3 O Senhor deseja que a morte de Seus servos seja sentida como uma perda por causa da boa influência que exerceram e das muitas ofertas voluntárias que entregaram para abastecer o tesouro de Deus. Legados deixados ao morrer são uma miserável compensação da beneficência que se deveria praticar em vida. Os servos de Deus devem fazer seus legados todos os dias por meio de boas obras e ofertas liberais ao Senhor. Não devem contentar-se com dar a Deus uma porção desproporcionadamente pequena, em comparação ao que gastam consigo mesmos. Ao fazer seus legados cada dia, lembrarão dos objetivos e amigos que maior lugar ocupam em suas afeições. CId 107 4 Seu melhor amigo é Cristo. Ele não lhes negou a própria vida, e por amor deles Se fez pobre para que por Ele enriquecessem. Merece, portanto, todo o nosso coração, nossos bens, tudo quanto temos e somos. Mas muitos supostos cristãos protelam em vida as reivindicações de Jesus e O insultam na morte, dando-Lhe uma parte mesquinha de seus bens. CId 108 1 Lembrem-se todos que estiverem nessa classe de que essa maneira de roubar a Deus não é um ato impulsivo, mas um plano premeditado que eles prefaciam dizendo: "Estando em pleno uso de suas faculdades mentais." Depois de haverem defraudado a obra de Deus durante a vida, perpetuam essa fraude após a morte e com pleno apoio de todas as faculdades mentais. Tal testamento muitos consideram um suave travesseiro em que reclinar a cabeça na hora da morte. Representa uma espécie de preparação para a morte, e é arranjado de modo que seus bens não os perturbem ao exalarem o último alento. Poderão essas pessoas descansar tranqüilamente a respeito das contas que lhes hão de ser pedidas de sua mordomia? CId 108 2 Devemos ser todos ricos em boas obras se queremos garantir-nos a vida futura e imortal. Quando o juízo se instituir e os livros forem abertos, cada qual será julgado e recompensado segundo as suas obras. Muitos nomes que estão inscritos nos livros da igreja, estão arrolados no livro de registro do Céu como "defraudadores". E a menos que essas pessoas se arrependam, e trabalhem para o Mestre com desinteressada benevolência, hão de compartilhar a sorte do mordomo infiel. CId 108 3 Sucede muitas vezes que um ativo homem de negócios é arrebatado pela morte sem prévio aviso, e acharem-se seus negócios em condição embaraçosa. No empenho de pô-los em ordem, uma grande parte dos bens dessa pessoa, senão tudo, é consumida em honorários aos advogados, ficando a família e a causa de Cristo defraudadas daquilo que lhes seria devido. Os que são fiéis mordomos dos recursos do Senhor saberão exatamente como andam seus negócios e, como homens sensatos, estarão preparados para qualquer emergência. Se porventura seu tempo de graça terminar inesperadamente, não acarretarão tão grandes perplexidades aos que forem incumbidos de acertar seu espólio. CId 109 1 Muitos não estão informados acerca da questão de fazer o testamento quando se acham ainda aparentemente com saúde. Essa precaução ceve, entretanto, ser tomada por nossos irmãos. Devem saber qual sua situação financeira, e não permitir que seus negócios se embaracem. Devem arranjar sua propriedade de tal maneira que a possam deixar a qualquer tempo. CId 109 2 Os testamentos devem ser feitos de acordo com as prescrições legais. Depois de feitos, eles podem ser conservados durante anos e não causarão prejuízo se continuarem contribuindo para a obra conforme suas necessidades. A morte, meus irmãos, não se antecipará um dia sequer por terem feito seu testamento. Ao dispor de seus bens por testamento a favor de seus parentes não se esqueçam da obra de Deus. Vocês são Seus instrumentos, incumbidos de zelar por Sua propriedade; e Suas reivindicações devem merecer sua principal consideração. A esposa e os filhos, naturalmente, não devem ficar ao abandono; provisões devem ser feitas para eles caso necessitem. Vocês não devem, porém, simplesmente por ser costume, contemplar em seu testamento uma longa lista de parentes que não estão em necessidade. CId 109 3 Devem lembrar-se sempre de que o atual sistema egoísta de dispor dos bens não é conforme o plano de Deus, mas simplesmente invenção humana. Os cristãos devem ser reformadores e romper com esse sistema, dando uma feição inteiramente nova à maneira de fazer testamentos. Tenham sempre presente que é da propriedade de Deus que vão dispor. A vontade divina deve ser lei neste particular. CId 110 1 Suponham que alguém lhes houvesse instituído executor de seu testamento, acaso não fariam diligência em inteirar-se da vontade do testador, a fim de que a menor quantia tivesse sua aplicação justa? Seu Amigo celestial lhes confiou propriedades, manifestando-lhes Sua vontade quanto ao modo por que devem ser usadas. Se essa Sua vontade for acatada com coração altruísta, aquilo que pertence a Deus não será mal aplicado. A causa do Senhor tem sido vergonhosamente negligenciada, ao passo que Ele deu aos homens recursos suficientes com que fazer face a todas as emergências, se apenas fossem dotados de coração grato e obediente. CId 110 2 Os que fazem seu testamento, não devem imaginar que acabam aqui suas obrigações, mas sim desenvolver constante atividade, usando seus talentos para o engrandecimento da causa de Deus. Deus delineou planos segundo os quais todos podem cooperar diligentemente na distribuição de seus recursos. Deus não Se propõe sustentar Sua obra por meio de milagres. Ele tem alguns poucos mordomos fiéis, que estão economizando e usando seus recursos para promover Sua obra. A abnegação e a beneficência, longe de constituírem a exceção, devem ser a regra. As crescentes necessidades da obra de Deus requerem recursos. Chegam-nos constantemente pedidos do país e do estrangeiro, solicitando missionários que lhes ensinem a luz da verdade. Isto significa aumento de obreiros e acréscimo de despesas para sua manutenção. -- Testemunhos Para a Igreja 4:479-483. ------------------------Capítulo 9 -- Casar de novo em idade avançada Conselhos a José Hare CId 111 1 Querido irmão Hare: Em relação à sua última carta, recebida no penúltimo malote, devo dizer-lhe que não recebi luz especial a respeito do assunto, de modo que não posso prover-lhe informação no tocante aos pontos de seu interesse. Recomendo-lhe buscar conselho com Wesley Hare e sua esposa, uma vez que eles conhecem a pessoa que você tem em mente e ser-lhe-ão bons conselheiros. Sei, como o irmão diz, que está enfrentando a solidão em seus anos avançados, e se puder encontrar alguém a quem ame, e tenha o seu amor correspondido, não vejo objeção. Como, todavia, não conheço a mulher que o irmão tem em mente, não estou apta a falar como alguém que conhece ambos os lados. CId 111 2 Uma coisa é certa: Você sabe que Aquele a quem tem servido por muitos anos será o seu sábio conselheiro. Deixe este caso com Aquele que jamais comete um equívoco. Agora o nosso tempo, tanto o meu quanto o seu, é curto, e devemos estar amadurecendo para a futura vida imortal. Cristo declarou: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou, estejais vós também." João 14:1-3. Regozijemo-nos com isto, e tenhamos tão poucas preocupações quanto possível. CId 111 3 O convite para jovens e idosos é: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28-30. Graças ao Senhor, de coração, alma e voz, existe um lugar no Céu para repouso, doce repouso. É seu e meu privilégio aceitar este convite e descansar. Desejamos agora que o que nos resta em anos de vida seja tão livre quanto possível de cuidados e perplexidades, de modo a podermos repousar na vida de Cristo, que diz: "Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:30. CId 112 1 O Senhor não desapontará a quem quer que nEle deposite sua confiança. Para nós Ele será o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Será uma ajuda sempre presente em tempo de necessidade. Nestes últimos dias de serviço devemos... ser sustentados, conduzidos e protegidos pelo poder de Cristo. Possa o Senhor abençoar e fortalecê-lo, de tal modo que seus últimos dias sejam os melhores, perfumados pela enternecedora e subjugante influência de Seu amor. Que o Senhor o abençoe e o guarde e lhe dê repouso em Seu amor, é meu mais sincero desejo para você, meu irmão! -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 31-33; Carta 70, 1898. Conselho para J. N. Andrews CId 112 2 Aconselhei-o a casar-se antes que retornasse à Europa a última vez, por estas razões: Primeira, você necessitava de uma esposa para cuidar de você; não deveria ter levado sua família de volta à Europa sem uma boa companheira para ser a mãe de seus filhos, evitando assim que estes fossem em todas as coisas moldados segundo a sua mente e suas idéias. Sua mente não é harmoniosamente equilibrada. Você necessita de outro elemento em seus trabalhos, que você não possui e não compreende ser algo essencial. ... CId 113 1 Suas idéias no tocante a conservar-se viúvo têm sido errôneas, mas nada mais direi a este respeito. A influência de uma nobre mulher cristã, adequadamente capacitada, serviria para contrabalançar as tendências de sua mente. Sua alta capacidade de concentração, a intensa luz sob a qual você percebe todas as coisas de caráter religioso vinculadas com a causa e obra de Deus, causou-lhe depressão mental, um peso de ansiedade que o tem enfraquecido física e mentalmente. Se você estivesse ligado a uma pessoa com sentimentos opostos, capaz de fazer os seus pensamentos se afastarem de assuntos sombrios, que não houvesse sujeitado a própria individualidade feminina, mas preservado a identidade pessoal e exercido uma influência modeladora sobre a sua mente, hoje você teria força e capacidade físicas para resistir à doença. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 34 CId 113 2 Você se recorda que lhe escrevi do Texas, aconselhando-o a conseguir uma esposa antes de retornar à Europa. Imagina você que eu lhe teria dado tal conselho se não possuísse luz sobre o assunto? Esteja certo de que um tal conselho não lhe teria sido dado sem boas razões. Foi-me mostrado que você segue as próprias idéias e discernimento com extrema firmeza. Se estivesse mais disposto a deixar-se aconselhar pelas pessoas nas quais deveria confiar, e confiasse menos nos próprios sentimentos e impressões, os resultados para você mesmo e para a causa de Deus seriam muito melhores. CId 113 3 Foi-me mostrado que você cometeu um equívoco ao partir para a Europa sem uma companheira. Se, antes de viajar, você houvesse escolhido uma mulher cristã, capaz de ser a mãe de seus filhos, haveria tomado uma decisão sábia, e sua utilidade seria agora dez vezes mais ampla do que tem sido. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 34, 35. Novo casamento de S. N. Haskell CId 114 1 Recebemos a carta do irmão Haskell à noitinha, após o sábado. Estamos contentes em saber que vocês uniram seus interesses. Possa o Senhor abençoar esta união, para que vocês sejam uma fortaleza e apoio um ao outro em todos os momentos. Que a paz de Deus repouse sobre vocês é meu sincero desejo e fervente oração. "Ide, ... dizei ao povo todas as palavras desta vida." Atos dos Apóstolos 5:20. CId 114 2 Estou contente, irmão Haskell, que você tenha conseguido uma ajudadora [a Sra. Haskell]. Foi isso que desejei por algum tempo. A obra na qual temos estado empenhados tornou-nos um em Cristo Jesus para a difusão do conhecimento de Jesus Cristo. É seu privilégio desfrutar de felicidade em seu novo relacionamento, em ministrar o evangelho aos que se encontram em trevas e erro. Podemos simpatizar e unir-nos na grande obra que você e eu amamos, que é nosso grande objetivo, a expansão do reino de Cristo e a celebração de Sua glória. Em todas as coisas que digam respeito a este propósito, achamo-nos unidos pelos laços do companheirismo cristão, e em comunhão com os seres celestiais. ... CId 114 3 Em virtude da luz a mim concedida, acho-me plenamente convicta de que através da união de vocês, como agentes santificados, a luz será refletida para a salvação de muitas almas que ainda se encontram em trevas e erro. Sei que você não tem vivido para si mesmo, senão para Aquele a quem ama e a quem serve e adora. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 33, 34. O desejo de George I. Butler de se casar novamente Maio de 1902 CId 115 1 Caros irmão e irmã Keck: Minha mente esteve sobrecarregada durante a noite. Soube que o irmão Butler está pensando em se casar com a irmã da Sra. Keck. Falando comigo sobre o assunto, alguns irmãos manifestaram sua desaprovação, dizendo que tal passo prejudicaria a influência do irmão Butler, especialmente por se casar tão próximo do falecimento da sua esposa. Na época, prestei pouca atenção a isto, mas nesta noite, falando com alguém sobre o caso, esse assunto assumiu um aspecto diferente. CId 115 2 Então, pareceu-me estar falando com alguém mais, a quem estava fazendo a pergunta: "Por que vê esta união como tão censurável?" A resposta foi: "Ele é muito mais velho do que ela." "Mas", disse eu, "seria apropriado ou sábio para ele se casar com uma mulher da sua idade? Que ajuda lhe poderia dar tal mulher ao seu ministério? Na sua idade, o Pastor Butler precisa do cuidado que apenas uma esposa pode lhe dar. Se essa jovem senhora tem o desejo de lhe dar esse cuidado, por que deveria alguém proibi-la? Segundo entendo, ela tem seus trinta e cinco anos de idade." CId 116 1 A irmã Haskell casou-se com o Pastor Haskell porque estava convencida de que ele precisava de uma ajudante no seu trabalho. Para o Pastor Haskell, a diferença de idade parecia ser uma barreira ao casamento e pediu minha opinião e conselho. Eu lhe disse: "Se a mente dela se voltou para esta direção, não hesite. O irmão precisa do auxílio de uma mulher espiritual e inteligente que possa apoiá-lo e animá-lo em seu trabalho." Eles se casaram e Deus abençoou grandemente a união deles, tornando sua vida duplamente útil para a Sua causa e trabalho. CId 116 2 Não seria possível que a mão do Senhor esteja nesta ligação entre o Pastor Butler e a irmã da Sra. Keck? O que outros podem pensar sobre esse assunto não é da nossa conta. Devemos é perguntar: "É da vontade do Senhor esta união?" Não serviria ela para aumentar a prestatividade e a utilidade de ambos? CId 116 3 Durante muitos anos, por causa da invalidez da sua esposa, o Pastor Butler foi afastado da obra, teve muitos dos seus privilégios cortados e impedido de fazer o trabalho que poderia ter feito. Cuidou fiel e carinhosamente da sua esposa, que era fraca de espírito e de corpo, enredada pela aflição e doença. Quando faleceu, ele a sepultou com tristeza, mas não como um homem sem esperança. CId 116 4 Após a morte da esposa, ele começou a fazer planos para sua irmã, que morou com ele durante uns poucos anos, para visitar suas amigas, como ela desejava. Mas o Senhor permitiu que lhe sobreviesse outra tristeza: muito rápida e inesperadamente a irmã Lockwood [irmã do Pastor Butler] faleceu também. CId 117 1 O Pastor Butler é um homem que precisa da influência suavizante de uma mulher boa e de elevados princípios. A companhia de uma mulher tal seria, na verdade, uma grande bênção para ele. Considerando sua experiência nos últimos quinze anos, é estranho que ele deseje uma pessoa mais jovem do que ele mesmo para amar e conversar com ela? CId 117 2 Não estão arrazoando de maneira inteiramente correta. Diz o Senhor: "Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, ... porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos". Isaías 55:8, 9. O Senhor nos surpreende pela Sua maneira de agir. CId 117 3 O Pastor Butler tem uma forte saúde física e espiritual. O Senhor o experimentou, testou e provou como fez com Jó e Moisés. Vejo no Pastor Butler um homem que humilhou sua alma diante de Deus. Ele tem um espírito diferente do Pastor Butler mais jovem. Aprendeu sua lição aos pés de Jesus. Depois de cuidar por tanto tempo de sua aflita e sofredora esposa, saiu da fornalha de fogo refinado e purificado. Respeito e amo meu irmão como um dos servos de Deus. CId 117 4 Nada mais tenho a dizer, exceto que, se sua irmã, sendo cristã, é guiada e ensinada por Deus, deixe-a com Deus. Não estrague o plano de Deus nem atrapalhe Sua obra com sabedoria humana. O Pastor Butler precisa do auxílio de uma mulher forte, bondosa e inteligente que possa cooperar com ele na sua esfera de utilidade, encorajando-o e sustentando suas mãos, ajudando-o a fazer um bom e aceitável trabalho para o Mestre. Se sua irmã é esta mulher, ela pode sentir-se honrada ao se unir com o Pastor Butler. CId 118 1 De princípio, pensei que tal passo poderia prejudicar a influência do irmão Butler, mas, tomando tempo para considerar o assunto, vejo-o agora sob outra luz. Cheguei a esta decisão antes de ter tido o prazer de me encontrar com o Pastor Butler por ocasião da sua visita em minha casa. CId 118 2 Desejo que saibam que não conversei uma palavra sobre este assunto com o Pastor Butler, nem tampouco ele fez a menor referência ao caso. -- Carta 77, 1902. 23 de Maio de 1902 CId 118 3 Caros irmão e irmã Keck: Gostaria de acrescentar algumas linhas à carta que já lhes escrevi. Tivemos uma visita muito proveitosa da parte do Pastor Butler. Ele nos deixou na quarta-feira de manhã, viajando para Healdsburg. W. C. White e sua esposa viajaram com ele na mesma carruagem. ... CId 118 4 Meu irmão e minha irmã, desejo que levem ao Senhor o caso da união de sua irmã com o Pastor Butler. Considerem suas dúvidas devotadamente; e, depois, à luz das palavras que lhes escrevi, se sua irmã está disposta a se unir em matrimônio com o Pastor Butler, vejam se não podem abandonar suas objeções, porque esta união pode estar de acordo com o propósito de Deus. CId 118 5 Vejo no Pastor Butler um homem de utilidade, um homem de inteligência e estudioso da Bíblia. Seu ministério poderia ser muito mais valioso estando unido a uma mulher que possa ajudá-lo em seu trabalho. Pensem em quanto mais ele pode realizar com a ajuda de uma mulher discreta e inteligente. Ele não deve ser deixado a viver e viajar sozinho. Quanto mais cedo puder ele encontrar uma boa esposa, melhor será para seu trabalho. Uma esposa pode fazer por ele o que a companhia de homem algum o poderá -- cuidar de sua roupa, para que fique livre de pó, e que esteja sempre preparado para se pôr diante de grandes congregações. CId 119 1 Não seria melhor que deixassem de se opor a esta união? Não é o melhor, de maneira alguma, que se oponham ao que o Senhor poderia ter ordenado. É possível que o Senhor esteja vendo que, através desta união, sua irmã e o Pastor Butler venham a realizar mais para Ele do que poderiam de outra maneira. O que o povo possa dizer, nada tem a ver com o assunto. Se este é o propósito de Deus, não lutemos contra Ele. -- Carta 78, 1902. Conselho insensato de um filho CId 119 2 Suplico-lhe que não censure seu pai. Você não deve alimentar os atuais sentimentos, pois seu pai nada fez que seja condenado por Deus. Tal condenação existe apenas na mente dos homens. De modo algum seu pai desonrou os filhos. Ele se mantém no caminho do Senhor, em praticar justiça e juízo. O Senhor está abrindo o caminho diante dele, de modo que possa realizar uma grande e boa obra em favor de Seu povo. Cristo é seu Salvador, e ao contemplar a Cristo ele será transformado à Sua imagem. CId 119 3 Seu pai tem sido um bondoso e amável esposo. Durante muitos anos serviu fielmente a pessoa a quem sempre amou. A morte separou dele aquela que por tanto tempo estivera sob seu especial cuidado. Depois a irmã dele também lhe foi tirada, e seu lar se desintegrou. Seria de surpreender, que sob tais circunstâncias, e após a morte de sua mãe, ele se sentisse atraído por uma mulher em cuja conversão desempenhara papel fundamental? Esta mulher não é jovem, mas tem idade para ser-lhe de ajuda em sua obra. Deve a idade de seu pai constituir uma barreira à sua felicidade? ... CId 120 1 Houvesse seu pai se casado com essa mulher, acredito que o Senhor teria abençoado profusamente a ambos. Mas não acredito que, o assunto sendo tratado como tem sido, possa ir avante. Os que se recusam a sancionar essa união devem lembrar-se de que um dia terão de enfrentar o resultado de suas ações. Tenho, contudo, de deixar este problema nas mãos dos que dele têm participado. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 35, 36; carta escrita em 28 de Julho de 1902, a Hiland Butler, filho de George I. Butler. Ellen G. White preferiu não se casar novamente CId 120 2 Desde vinte e um anos atrás, quando a morte me privou do meu esposo, não tive a menor idéia de me casar novamente. Por quê? Não porque Deus o proibisse. Não. Ficar, porém, sozinha, era o melhor para mim, para que ninguém sofresse comigo ao levar avante a obra que me foi confiada por Deus. Ninguém deveria ter o direito de me influenciar de qualquer maneira nas minhas responsabilidades e no meu trabalho de apresentar meu testemunho de ânimo ou reprovação. CId 120 3 Meu marido nunca se pôs em meu caminho neste sentido, embora tenha recebido ajuda e animação da sua parte e, muitas vezes, sido alvo de sua piedade. Muitas e muitas vezes tenho sentido falta da sua simpatia e das suas orações e lágrimas. Ninguém pode entender isto senão eu mesma. Meu trabalho, porém, tem de ser feito. Poder humano algum poderia ter dado a mínima idéia de eu ser influenciada na obra que Deus me deu para fazer em dar meu testemunho para aqueles a quem Deus me enviou para reprovar ou animar. CId 121 1 Estive sozinha neste assunto, muito sozinha, enfrentando todas as dificuldades e todas as provações relacionadas com meu trabalho. Só Deus poderia me ajudar. Em breve vai terminar o último trabalho que devo fazer neste mundo. Devo expressar-me claramente, de maneira a, se possível, não ser mal compreendida. -- Manuscrito 227, 1902. Quando as idades são muito diferentes CId 121 2 Outra causa da deficiência da geração atual em resistência física e valor moral é se unirem homens e mulheres em casamento com idades muito diferentes. Dá-se freqüentemente que homens idosos escolhem jovens para casar. Assim fazendo, a vida do marido se tem prolongado, ao passo que a esposa tem de sentir a falta daquela vitalidade que ela comunica ao seu idoso marido. Não é dever de nenhuma mulher sacrificar a vida e a saúde, mesmo que ela amasse a alguém muito mais idoso que ela, e estivesse disposta, por sua parte, a fazer tal sacrifício. Deveria haver restringido suas afeições. Tinha a consultar considerações mais altas que seu próprio interesse. Ela deve considerar: no caso de nascerem filhos, qual seria sua condição? Pior ainda é um rapaz casar com uma mulher consideravelmente mais velha que ele. Os rebentos de tais uniões, em muitos casos, em que as idades diferem grandemente, não possuem mentes bem equilibradas. Têm sido também deficientes em resistência física. Em famílias assim, tem-se freqüentemente manifestado traços de caráter variado, peculiar, e muitas vezes penosos. Morrem muitas vezes prematuramente, e os que chegam à maturidade, são em muitos casos deficientes em força física e mental, bem como em valor moral. CId 122 1 O pai raramente está preparado, com suas faculdades em declínio, para criar sua jovem família. -- Mensagens Escolhidas 2:423, 424. ------------------------Capítulo 10 -- Conservando as energias da vida Discursos curtos, vida longa CId 123 1 Meu caro irmão [George I. Butler]: Teremos provações. Estou, porém, instruída a dizer-lhe, bem como para outros, que muitas vezes os obreiros trazem sobre si mesmos mais sobrecargas do que lhes é exigido. O conselho dado é: encurtem os discursos. Fosse um longo discurso dividido, e apenas feita a metade dele, seria melhor retido pela mente dos ouvintes do que o total de um longo. Esse conselho cabe a mim tanto quanto a você. Exceto quando tenho uma mensagem especial para dar, estou determinada a falar pouco porque é o melhor. CId 123 2 Estou envelhecendo, mas não estou sentindo o peso dos anos. Desde os meus nove anos de idade, fui sempre afligida. Aos setenta e oito, porém, sofro menos dores do que então. Estou, porém, determinada a cuidar das minhas forças e não cansarei os outros com palestras longas. Desejo que você, como uma das nossas mãos antigas e obreiro experimentado, viva para ser capaz de dar seu testemunho como o fez João [do Apocalipse]. CId 123 3 Estamos pessoalmente sob o treino de Deus. Confiemos nEle porque precisamos constantemente da Sua ajuda. O irmão fala demasiado de uma só vez, e eu também. Não é o melhor colocarmos sobre nós mesmos esse esforço extra que é desnecessário. Devemos realizar mais reuniões de testemunhos. Por favor, considere as palavras que lhe apresento. Poupe suas forças. Fico apreensiva quando vejo um homem tão idoso levar cargas tão pesadas. Desejamos que apresente um testemunho claro exatamente neste período da história da Terra. Desejamos que tenha a mente clara para que se possa aconselhar juntamente com os que têm semelhante verdade preciosa. CId 124 1 Façamos o nosso melhor para conseguir a unidade. Estou numa situação em que não posso mudar a experiência passada, mesmo que quisesse, porque o Senhor me conduziu e me deu tal evidência do Seu poder em todos os movimentos de progresso da nossa obra que eu tenho a segurança, duplamente garantida, sobre cada posição que temos agora como verdade. Não podemos duvidar de tais manifestações do poder do Senhor na definição do que é a verdade. Instruiu-se-me que devemos manter firme nossa confiança inicial até o fim. Devemos agora definir claramente o que é verdade e não deixar que o inimigo tenha vantagem sobre nós. CId 124 2 Conhecemos, e os Pastores Haskell e Loughborough conhecem também, os primórdios da história desta obra. Poucos dos que passaram pela experiência de 1843 e 1844 estão ainda vivos. Sejamos cuidadosos quanto ao poder da nossa vida. Não trabalhe demais. -- Carta 88, 1906. Ore enquanto o sono não chega CId 124 3 Junho 23, 1892. É passada outra noite. Dormi apenas três horas. Não sofri tantas dores como de costume, mas sentia-me desassossegada e nervosa. Depois de estar acordada por algum tempo, tentando dormir, desisti do esforço, e dirigi toda a minha atenção a buscar ao Senhor. Quão preciosa me foi a promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mateus 7:7. Orei muito fervorosamente ao Senhor pedindo conforto e paz, que só o Senhor Jesus pode dar. Quero a bênção do Senhor, de modo que, conquanto sofra dores, não perderei o domínio próprio. Não ouso confiar em mim mesma, por um momento sequer. -- Mensagens Escolhidas 2:235. Um período de descanso durante o dia CId 125 1 Prezado irmão [S. N.] Haskell: Insisto com você para que não trabalhe acima daquilo que é capaz de fazer. Devia ter menos trabalho constante e árduo, a fim de que possa manter-se em condição repousada. Deve fazer uma sesta durante o dia. Poderá então pensar mais de pronto, e seus pensamentos serão mais claros e suas palavras mais convincentes. E não deixe de pôr todo o seu ser em ligação com Deus. Aceite o Espírito Santo para sua iluminação espiritual, e sob sua guia prossiga em conhecer o Senhor. Vá para onde o Senhor o dirigir, fazendo o que Ele ordenar. Espere no Senhor, e Ele lhe renovará as forças. CId 125 2 Mas não se requer do irmão ou de mim estarmos num esforço contínuo. Devemos render continuamente o que Ele de nós requer, e Ele nos mostrará o Seu concerto. "O segredo do Senhor é para os que O temem." Salmos 25:14. Seremos instruídos mais profundamente no mistério de Deus o Pai e de Jesus Cristo. Teremos visões do Rei em Sua formosura, e ante nós se abrirá o restante que falta ao povo de Deus. Em breve entraremos na cidade cujo Artífice e Construtor é Deus -- a cidade da qual por muito tempo temos falado. -- Mensagens Escolhidas 2:230, 231. Dieta e repouso adequados CId 126 1 Caro Pastor Bates: Fui informada de que o irmão tem tomado apenas uma refeição por dia faz algum tempo, mas sei que isto é ruim no seu caso, porque me foi mostrado que você precisa de uma dieta nutritiva e está em perigo por ser demasiadamente abstêmio. Suas forças não admitem essa disciplina severa. CId 126 2 Não deveria arcar com a responsabilidade de liderar a igreja nas reuniões. Mãos mais jovens devem fazê-lo e o irmão não deveria levar esta responsabilidade. Não deveria pensar que lhe é requerido conduzir reuniões, tendo responsabilidades em diferentes lugares porque sua mente e sua força física não estão em condições de fazê-lo. Está em perigo de tomar responsabilidades demais, pensando que o Senhor requer isto de você depois de tê-lo liberado de esforços ativos e físicos. Graciosa e honrosamente o irmão deve depor seus encargos e buscar um repouso calmo, habilitando-se para sua última mudança. O irmão se sente provado e desgostoso quando seus irmãos adventistas não lhe pedem para liderá-los, mas mostrou-se-me que agirão mal se deixarem que a liderança na igreja seja posta sobre você. CId 126 3 Penso que o irmão tem errado ao jejuar dois dias. Deus não lhe pede isto. Suplico-lhe que seja cauteloso e coma livremente alimentos integrais duas vezes ao dia. É certo que minguareis em forças e que sua mente se desequilibrará a menos que mude o curso dessa dieta abstêmia. CId 126 4 Aconselhei o irmão Charles Jones a não animá-lo a ir às diversas igrejas para trabalhar, nem permitir que o faça. Não está em condição física e mental de trabalhar. Precisa parar, descansar e ser feliz, e não ficar preocupado com responsabilidades da obra e da causa de Deus. Seja tranqüilo, calmo e feliz , e confie na obra e na causa de Deus, sentindo que deve agora abrandar, adoçar e colher para o Céu. Deus o ama; mas, com sua idade avançada e fortes características, certamente prejudicará a obra de Deus em vez de ajudá-la. CId 127 1 O irmão deve simplesmente descansar nas mãos do Senhor e sentir que seu trabalho de pregar a verdade foi feito. Não tem mais responsabilidade neste sentido. Pode sentir-se livre para levar seu testemunho, confortando a si mesmo; este privilégio é seu; conduzir, porém, qualquer trabalho na igreja, seja em palavra ou doutrina, ou viajar entre outras igrejas, realizando reuniões públicas, é trabalho do qual Deus o eximiu. -- Carta 2, 1872. Idéias extremadas sobre reforma da saúde CId 127 2 Frutas e vegetais pobres e meio deteriorados nunca deveriam ser postos à mesa porque a economia é de poucos centavos. Esse tipo de gerenciamento resulta numa perda porque se negligencia o corpo que vai ser nutrido, que é o templo do Espírito Santo e que deve ser preparado para fazer o melhor tipo de trabalho. Muitos sermões foram elaborados sobre desprendimento e abnegação que foram completamente impróprios e inoportunos. CId 127 3 O irmão M ficou tão magro por causa de alimentos fracos e da falta de conforto, atenção e cuidados próprios enquanto estava ausente da sua família, e isto o levou a não ter forças para enfrentar o ar livre e as doenças. Morreu como mártir das idéias errôneas e distorcidas sobre o que constitui a reforma da saúde e o desprendimento. Ele sempre se preocupou pouco com o conforto próprio e foi deixado demais a cuidar de si mesmo. Estava sempre pronto a fazer qualquer coisa para poupar recursos. Tais almas escrupulosas são as mais prejudicadas por essas idéias extremistas sobre o que constitui a reforma da saúde. CId 128 1 A família da irmã R tem sido prejudicada pelas idéias que ela tem sobre a reforma da saúde. O irmão João foi sempre um árduo trabalhador e o alimento que foi posto em seu estômago não o nutriu; não supriu o desgaste do seu corpo e não produziu a melhor qualidade de sangue. Mais do que por qualquer doença real, a fraqueza da qual sofre agora foi causada pela pobreza do seu sangue. CId 128 2 Por que homens e mulheres para os quais Deus deu o poder do raciocínio não o exercem? Quando percebem que suas forças estão falhando, por que não investigam seus hábitos e sua dieta, mudando-os para ver os efeitos? Os sofrimentos causados pela assim chamada reforma da saúde têm trabalhado muito contra as verdadeiras reformas. Estas idéias estreitas e os extremos na questão de dieta têm causado os maiores danos para as forças físicas, mentais e morais. CId 128 3 Nossa missão deve ser conduzida de maneira compassiva. Não vale a pena, nunca, privar o estômago de alimentos saudáveis e integrais, porque isto é roubar do sangue a sua nutrição e o resultado é que todo o corpo fica desarranjado, toda a mente fica enferma, e resta para Deus um serviço insatisfatório e ineficiente em lugar de um trabalho saudável e correto. ... Há sofredores por todos os lados porque o povo não pensa que o corpo precisa de cuidados especiais. -- Carta 12, 1887. Fidelidade na reforma da saúde CId 129 1 A questão de como preservar a saúde é uma das que têm primordial importância. Quando a estudamos no temor do Senhor, aprendemos que o melhor para nosso progresso tanto físico como espiritual é a observância de uma dieta simples. Estudemos com paciência esse assunto. Precisamos de conhecimento e bons critérios para progredir sabiamente nesta questão. Não se deve resistir às leis da natureza, mas obedecer-lhes. CId 129 2 Os que receberam instruções sobre os males causados por alimentos cárneos, pelo chá, pelo café e pelo preparo de alimentos insalubres e ricos em calorias, e que estão dispostos a fazer com Deus um concerto de sacrifício, deixarão de satisfazer seus apetites por alimentos que, sabem, não são sadios. Deus exige que o apetite seja purificado e que se pratique a renúncia quando se trata de coisas que não são boas. Esse trabalho tem de ser executado antes que Seu povo possa aparecer perfeito diante dEle. ... CId 129 3 Há alguns professos crentes que aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, enquanto rejeitam as que condenam suas inclinações favoritas. Tais pessoas estão trabalhando contra seu próprio bem-estar e contra o bem-estar da igreja. É essencial que andemos na luz enquanto a temos. Os que dizem crer na reforma da saúde e, no entanto, trabalham contra seus princípios na vida prática diária, estão prejudicando a própria alma e deixando má impressão na mente de crentes e descrentes. -- Testemunhos Para a Igreja 9:153, 154. Construindo residências sadias CId 130 1 Tanto quanto possível, os prédios destinados a servir de morada devem ser situados em terreno alto e enxuto. Isto garantirá um sítio seco. ... Este assunto é com demasiada freqüência considerado muito levemente. Constante má saúde, moléstias sérias e muitas mortes, são o resultado da umidade e da malária de sítios baixos e com deficiente escoamento. CId 130 2 Na construção de casas é de especial importância assegurar perfeita ventilação e abundância de sol. Haja uma corrente de ar e quantidade de luz em cada aposento da casa. Os quartos de dormir devem ser colocados de maneira a terem franca circulação de ar dia e noite. Nenhum aposento é apropriado para servir de dormitório, a menos que possa ser completamente aberto todos os dias ao ar e ao sol. Em muitos países os quartos de dormir precisam ser aparelhados de aquecimento, para que fiquem completamente aquecidos e secos no tempo frio ou úmido. CId 130 3 O quarto dos hóspedes deve merecer cuidados iguais aos que se destinam a uso constante. Como os demais dormitórios, deve receber ar e sol, e ser aparelhado com meios de aquecimento, a fim de secar a umidade que sempre se acumula num aposento que não é sempre usado. Quem quer que durma num quarto não banhado por sol, ou ocupe uma cama que não seja bem seca e arejada, o faz com risco da saúde, e muitas vezes da própria vida. ... CId 130 4 Os que têm de atender a pessoas idosas devem lembrar-se de que estas, especialmente, precisam de quartos quentes, confortáveis. O vigor declina à medida que avança a idade, deixando menos vitalidade para resistir às influências insalubres; daí a maior necessidade dos idosos quanto à abundância de luz solar e de ar renovado e puro. -- O Lar Adventista, 148, 149. Uma receita de saúde CId 131 1 Quando o evangelho é recebido em sua pureza e poder, é uma cura para as doenças originadas pelo pecado. O Sol da Justiça ergue-Se "trazendo salvação nas Suas asas". Malaquias 4:2. Todos os recursos do mundo não podem curar um coração quebrantado, nem comunicar paz de espírito, nem remover o cuidado, nem banir a enfermidade. A fama, o engenho, o talento -- são todos impotentes para alegrar um coração dolorido ou restaurar uma vida arruinada. A vida de Deus na alma, eis a única esperança do homem. CId 131 2 O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. CId 131 3 As palavras de nosso Salvador "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei" (Mateus 11:28) são uma receita para a cura dos males físicos, mentais e espirituais. Embora os homens hajam trazido sobre si o sofrimento por causa de suas más ações, Ele os olha com piedade. NEle podem encontrar socorro. Grandes coisas fará por aqueles que nEle confiam. -- A Ciência do Bom Viver, 115. CId 132 1 Jesus era fonte de vivificante misericórdia para o mundo; e durante todos aqueles retirados anos de Nazaré, Sua vida fluía em correntes de simpatia e ternura. Os velhos, os sofredores, os oprimidos de pecado, as crianças a brincar em sua inocente alegria, as criaturas dos bosques, os pacientes animais de carga -- todos se sentiam mais felizes por Sua presença. -- O Desejado de Todas as Nações, 74. A importância do exercício CId 132 2 A inatividade é a maior desgraça que poderia sobrevir à maioria desses enfermos. Ocupação leve em trabalho útil, ao passo que não sobrecarrega a mente e o corpo, tem uma benéfica influência sobre ambos. Fortalece os músculos, promove melhor circulação, ao mesmo tempo que dá ao inválido a satisfação de saber que não é inteiramente inútil neste atarefado mundo. Talvez não seja capaz de fazer senão pouco a princípio, mas em breve verificará que suas forças aumentam, e pode proporcionalmente aumentar a quantidade de trabalho. CId 132 3 O exercício é salutar aos dispépticos, pois fortalece os órgãos da digestão. Empenhar-se em difícil estudo ou exercício físico violento imediatamente depois de comer impede o trabalho digestivo; mas um pequeno passeio depois da refeição, com a cabeça erguida e os ombros para trás, é de grande benefício. CId 132 4 Não obstante tudo quanto se diz e escreve sobre sua importância, existem ainda muitos que negligenciam o exercício físico. Muitos se tornam corpulentos porque o organismo está carregado; outros ficam magros e fracos por terem exaustas as forças vitais em dar conta de um excesso de comida. O fígado é sobrecarregado em seu esforço de limpar o sangue das impurezas, dando em resultado a doença. CId 133 1 Aqueles cujos hábitos são sedentários devem, quando o tempo permitir, fazer exercício ao ar livre todos os dias, de verão e de inverno. Caminhar é preferível a andar a cavalo ou de carro, pois movimenta mais músculos. Os pulmões são forçados a uma ação benéfica, uma vez que é impossível andar em passo rápido sem os dilatar. CId 133 2 Tal exercício seria, em muitos casos, melhor para a saúde do que remédios. -- A Ciência do Bom Viver, 240. Exercício algum substitui o andar CId 133 3 Aqueles que são fracos e indolentes não devem ceder à sua tendência de estarem inativos, privando-se assim do ar e da luz solar, mas devem praticar exercício ao ar livre, andando ou trabalhando no jardim. Eles se tornarão muitíssimo fatigados, mas isso não os prejudicará. Você, minha irmã, experimentará fadiga; contudo, isso não a prejudicará. Seu descanso será mais agradável. A inatividade enfraquece os órgãos que não são exercitados. E quando esses órgãos são utilizados, dor e fraqueza são experimentadas, pois os músculos se tornaram fracos. Não é prudente abandonar o uso de certos músculos porque se sente dor quando são exercitados. A dor é, em geral, causada pelo esforço da natureza para transmitir v da e vigor àquelas partes que se tornaram parcialmente sem vida por causa da inatividade. O movimento desses músculos durante muito tempo sem uso causará dor, pois a natureza os está despertando para a vida. CId 133 4 Em todos os casos possíveis, andar é o melhor remédio para os corpos enfermos, pois nesse exercício todos os órgãos do corpo são postos em uso. Muitos que dependem da cura de movimento [massagem] podem fazer mais por si mesmos pelo exercício muscular do que as massagens o podem fazer por eles. Em alguns casos, a falta de exercício faz com que os intestinos e músculos se tornem enfermos e contraídos, e esses órgãos que se tornaram doentios por falta de uso poderão ser fortalecidos pelo exercício. Nenhum exercício pode substituir a caminhada. Ela aumenta grandemente a circulação do sangue. -- Testemunhos Para a Igreja 3:78. ------------------------Capítulo 11 -- Fortaleza na aflição Durante uma prolongada enfermidade CId 135 1 Cada correio tem levado de cem a duzentas páginas escritas por minha mão, e a maior parte foi escrita assim como estou agora, ou apoiada na cama por almofadas, meio deitada e meio sentada, ou recostada entre travesseiros numa cadeira incômoda. CId 135 2 Ficar sentada é muito doloroso a meus quadris e à parte inferior da espinha. Se neste país [Austrália] se encontrassem essas cadeiras de braços que têm no sanatório, logo eu compraria uma, mesmo que custasse trinta dólares. ... É com grande fadiga que posso sentar ereta e erguer a cabeça. Tenho de recostá-la no encosto da cadeira, sobre travesseiros, meio reclinada. Esse é meu estado justamente agora. CId 135 3 Mas não estou, absolutamente, desanimada. Sinto que sou sustentada diariamente. Nas longas e cansativas horas da noite, quando foge completamente o sono, tenho dedicado muito tempo à oração; e quando todos os nervos pareciam gritar de dor, quando, se eu pensava em mim mesma, parecia enlouquecer, a paz de Cristo me sobrevinha ao coração em tamanha medida que eu me tomava de gratidão e ações de graças. Sei que Jesus me ama, e eu amo a Jesus. Algumas noites tenho dormido três horas, outras noites quatro horas, e muitas vezes apenas duas; e, todavia, nestas longas noites australianas, em meio às trevas, tudo ao meu redor parece luz, e desfruto suave comunhão com Deus. CId 136 1 Na primeira vez que me senti num estado de desamparo, lamentei profundamente ter transposto o vasto oceano. Por que não ficara na América? Por que, a expensas tão avultadas, estava eu neste país? Muitas vezes sentia vontade de enterrar o rosto entre as cobertas da cama e desabafar-me num bom choro. Mas não condescendi por muito tempo no luxo das lágrimas. CId 136 2 Disse de mim para mim: "Ellen G. White, o que quer você dizer? Não veio à Austrália porque achava que era seu dever ir aonde a Associação julgasse melhor que fosse? Não tem sido esta a sua maneira de proceder?" CId 136 3 Respondi: "Sim." CId 136 4 "Então, por que você se sente quase abandonada, e desanimada? Não será esta uma obra do inimigo?" CId 136 5 Respondi: "Creio que é." CId 136 6 Enxuguei o mais depressa possível as lágrimas e disse: "Basta: não mais olharei para o lado escuro. Viva ou morra, entrego a guarda de minha alma Àquele que por mim morreu." CId 136 7 Cri então que o Senhor faria bem todas as coisas, e durante esses oito meses de desamparo, não tive nenhum desânimo ou dúvida. Olho agora a essa questão como parte do grande plano do Senhor, para bem de Seu povo neste país, e pelos da América, e para meu próprio bem. Não sei explicar por que ou como, mas creio-o. E sinto-me feliz em minha enfermidade. Posso confiar em meu Pai celestial. Não duvidarei de Seu amor. Dia e noite tenho um guarda sempre vigilante, e louvarei ao Senhor, pois Seu louvor está em meus lábios porque procede de um coração cheio de gratidão. -- Carta 18a, 1892; Mensagens Escolhidas 2:233, 234. Oração e unção, mas não curada instantaneamente CId 137 1 Maio 21, 1892. Terminou a noite probante, quase insone. Ontem à tarde o Pastor [A. G.] Daniells e esposa, Pastor [G. C.] Tenney e esposa, e irmãos Stockton e Smith vieram a nossa casa, a meu pedido, a fim de orarem que o Senhor me curasse. Tivemos um período de orações muito fervorosas, e todos fomos muito abençoados. Fiquei aliviada, mas não curada. Fiz agora tudo que podia, para seguir as instruções da Bíblia, e esperarei pela operação do Senhor, crendo que a Seu tempo oportuno Ele me curará. Minha fé apega-se à promessa: "Pedi, e recebereis." João 16:24. CId 137 2 Creio que o Senhor ouviu nossas orações. Eu esperava que meu cativeiro fosse volvido imediatamente, e a meu juízo finito pareceu que assim Deus seria glorificado. Fui muito abençoada durante nosso período de oração, e apegar-me-ei à certeza que então me foi dada: "Eu sou teu Redentor; Eu te curarei. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:235. Jesus conhece nossas aflições e dores CId 137 3 Junho 26, 1892. Alegro-me quando chega a luz do dia, pois as noites são longas e enfadonhas. Mas quando não posso dormir, a gratidão enche o coração ao pensar que Alguém que jamais tosqueneja vigia sobre mim, para bem. CId 138 1 Que maravilhoso pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele aflito. Alguns dentre nossos amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes, e portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. Ele é o grande missionário médico. Tomou sobre Si a humanidade e colocou-Se à cabeceira de uma nova dispensação, a fim de que possa reconciliar justiça e compaixão. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:237. "Faze-me um ramo sadio, que produza fruto" CId 138 2 Junho 29, 1892. Minha oração, ao despertar, é: Jesus guarda Tua filha hoje. Toma-me sob Tua guarda. Faze-me um ramo sadio, que produza fruto -- ramo da Videira viva. "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." João 15:5. Em Cristo e por Ele tudo podemos fazer. CId 138 3 Aquele que foi adorado pelos anjos, que ouvira a música do coro celeste, sempre Se comoveu, quando aqui na Terra, com as tristezas das crianças, sempre disposto a ouvir a história de sua mágoa infantil. Muitas vezes enxugou-lhes as lágrimas, animando-as com a terna simpatia de Suas palavras, que pareciam acalmar-lhes as tristezas e fazê-las esquecer suas aflições. O emblema, em forma de pomba, que adejou sobre Jesus por ocasião de Seu batismo representa Sua amabilidade de caráter. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:237, 238. "Não pronuncie eu nenhuma palavra desamorosa" CId 139 1 Junho 30, 1892. Outra noite de grande enfado é quase passada. Embora continue a sofrer grande dor, sei que não estou abandonada por meu Salvador. Minha oração é: Ajuda-me, Jesus, a não desonrar-Te com os meus lábios. Não pronuncie eu nenhuma palavra desamorosa. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:238. "Não me queixarei" CId 139 2 Julho 6, 1892. Sou muito grata por poder contar ao Senhor todos os meus temores e perplexidades. Sinto que estou sob a proteção de Suas asas. Um ateu certa vez perguntou a um jovem temente a Deus: CId 139 3 - Que tamanho tem o Deus que você adora? CId 139 4 - É tão grande -- foi a resposta -- que Ele enche a imensidade, e no entanto tão pequeno que habita em todo coração santificado. CId 139 5 Ó precioso Salvador, anseio por Tua salvação. "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus." Salmos 42:1. Anseio por uma visão mais clara de Jesus. Gosto de pensar em Sua vida imaculada, meditar em Suas lições. Quantas vezes repito as palavras: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei!" Mateus 11:28. CId 139 6 Grande parte do tempo meu corpo está tomado de dor, mas não hei de, por causa de queixumes, tornar-me indigna do nome de cristão. Estou certa de que esta lição do sofrimento será para a glória de Deus, um meio de advertir os outros a que evitem o trabalho contínuo, sob circunstâncias probantes, tão desfavoráveis à saúde do corpo. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:238, 239. "O Senhor me fortalece" CId 140 1 Julho 7, 1892. O Senhor me fortalece, por Sua graça, para escrever cartas importantes. Os irmãos freqüentemente vêm aconselhar-se comigo. Sinto forte convicção de que esta tediosa enfermidade é para glória do Senhor. Não murmurarei; pois, quando desperto à noite, parece-me que Jesus me está fitando. O capítulo qüinquagésimo primeiro de Isaías me é preciosíssimo. Ele toma sobre Si todas as nossas cargas. Leio este capítulo com confiança e esperança. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:239. Nenhuma idéia de bater em retirada CId 140 2 Julho 10, 1892. Acordei Emília às cinco horas para acender o fogo e ajudar a vestir-me. Dou graças ao Senhor por ter repousado melhor esta noite do que de costume. Minhas horas de vigília, emprego-as em oração e meditação. Impõe-se-me a pergunta: Por que não receberei a bênção da restauração da saúde? Devo interpretar estes longos meses de doença como evidência do desprazer de Deus por ter eu vindo à Austrália? Respondo com um decidido Não! Não ouso fazer isso. Por vezes, antes de vir da América, pensava que o Senhor não requeresse de mim ir a um país tão distante, na minha idade, e quando me achava prostrada pela sobrecarga de trabalho. Segui, porém, a voz da Associação [Geral], como sempre procurei fazer quando, eu mesma, não tinha toda a clareza. Vim à Austrália e aqui encontrei os crentes em condições que demandavam auxílio. Durante semanas, depois de aqui chegar, trabalhei tão zelosamente como sempre trabalhei em minha vida. Foram-me dadas palavras que devia pronunciar, acerca da necessidade de piedade pessoal. ... CId 141 1 Estou na Austrália, e creio que estou exatamente onde o Senhor quer que esteja. Por ser o sofrimento a minha porção, não é que eu pense em bater em retirada. É-me dada a bendita segurança de que Jesus é meu e de que sou Sua filha. As trevas são dispersadas pelos brilhantes raios do Sol da Justiça. Quem pode compreender a dor que sofro senão Aquele que é angustiado em todas as nossas angústias? A quem poderei falar senão Àquele que Se compadece de nossas enfermidades, e que sabe socorrer os que são tentados? CId 141 2 Quando oro fervorosamente pedindo restauração, e me parece que o Senhor não responde, meu espírito quase desmaia dentro em mim. Então é que o querido Salvador me faz lembrar a Sua presença. Diz-me Ele: Não podes confiar nAquele que te comprou com Seu próprio sangue? Gravei-te na palma de Minhas mãos. Então minha alma se nutre da presença divina. Sou erguida para fora de mim, por assim dizer, para a presença de Deus. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:239, 240. Deus sabe o que é melhor CId 141 3 Julho 14, 1892. Quando me sobreveio a doença da qual venho sofrendo faz vários meses, surpreendi-me de que ela não fosse removida imediatamente, em resposta à oração. Mas a promessa: "Minha graça te basta" (2 Coríntios 12:9), tem-se cumprido no meu caso. Não pode haver dúvida de minha parte. Minhas horas de dor têm sido horas de oração, pois tenho sabido a quem levar minhas tristezas. Tenho o privilégio de robustecer minhas forças débeis, lançando mão do poder infinito. Dia e noite me firmo sobre a sólida rocha das promessas de Deus. CId 142 1 Meu coração se dilata para Jesus, em amorosa confiança. Ele sabe o que é melhor para mim. Solitárias seriam minhas noites se eu não reclamasse a promessa: "Invoca-Me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás." Salmos 50:15. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:240. Lições aprendidas nos meses de sofrimento CId 142 2 Tenho passado por grande prova, em forte sofrimento e desamparo, mas através de tudo tenho alcançado uma preciosa experiência que me é mais valiosa do que ouro. Quando pela primeira vez me convenci de que teria de desistir de meus acarinhados planos de visitar as igrejas na Austrália e Nova Zelândia, pus seriamente em dúvida se fora meu dever deixar a América e vir para este país longínquo. Meus sofrimentos eram agudos. Muitas horas insones da noite passei em recordar muitas vezes nossa experiência desde que deixáramos a Europa rumo da América, e isto tem sido contínua cena de ansiedade, sofrimento e encargos. Então pensei: Que significa tudo isto? CId 142 3 Recapitulei cuidadosamente a história dos últimos poucos anos e da obra que o Senhor me deu para fazer. Nem uma única vez faltou-me Ele, e muitas vezes Se me manifestou de modo notável, e vi que nada eu tinha de que me queixar, mas ao contrário, incidentes preciosos que, quais fios de ouro, percorriam toda a minha experiência. O Senhor compreendeu melhor do que eu as coisas de que eu precisava, e senti que Ele me atraía para muito perto de Si, e eu devia ser cuidadosa em não ditar a Deus quanto ao que devia fazer comigo. Esta irreconciliação verificou-se no princípio de meus sofrimentos e desamparo, mas não demorou que eu sentisse que minha enfermidade era parte do plano de Deus. Descobri que, às vezes deitada e às vezes sentada, eu podia colocar-me em posição na qual podia usar as mãos aleijadas, e embora sofrendo muita dor, podia escrever bastante. Desde que vim a este país escrevi mil e seiscentas laudas deste tamanho. CId 143 1 Muitas noites, nos últimos nove meses, só pude dormir duas horas por noite, e então às vezes me via envolta em trevas; mas eu orava, e recebi muito suave conforto ao aproximar-me de Deus. As promessas: "Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós" (Tiago 4:8), e "vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira" (Isaías 59:19), cumpriram-se em mim. Sentia-me alegre no Senhor. Jesus estava sagradamente próximo, e achei suficiente a graça concedida, pois minha alma se firmava em Deus, e eu estava possuída de grato louvor Àquele que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim. Eu poderia dizer, de todo o coração: "Eu sei em quem tenho crido." 2 Timóteo 1:12. "Fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." 1 Coríntios 10:13. Mediante Jesus Cristo tenho saído mais do que vencedora, e mantenho o terreno. CId 143 2 Não posso descobrir o propósito de Deus em minha doença, mas Ele sabe o que é o melhor, e a Ele confio minha alma, corpo e espírito, como ao meu fiel Criador. "Porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso, para guardar o meu depósito até àquele dia." 2 Timóteo 1:12. -- Carta 7, 1892; Mensagens Escolhidas 2:240-242. Esquecer rapidamente os problemas CId 144 1 Os que envelheceram no serviço de Deus talvez sintam a cabeça confusa quanto ao que lhes acontece em volta, os acontecimentos recentes poderão passar-lhes rápido da memória; mas têm a mente bem desperta para as cenas e fatos de sua infância. -- Filhos e Filhas de Deus, 78. Descansar em seu amor CId 144 2 Quando descansamos no Seu amor, honramos a Deus e ao nosso Senhor Jesus Cristo. Você é uma das testemunhas do Senhor que nunca o deixará nem esquecerá. Sou instruída a lhe dizer: Ele perdoou todos os seus pecados e pôs sobre você o manto branco da Sua justiça. Tudo o que pede de você agora é que descanse no Seu amor. Ele o tem na Sua guarda. Você combateu os combates do Senhor Jesus Cristo, guardou a fé, e desde agora está guardada para você a coroa da vida, sua recompensa naquele dia quando vida e imortalidade serão dadas para todos os que guardaram a fé e não negaram o nome do Senhor. CId 144 3 O fato de sua mente estar anuviada não é evidência alguma de que Cristo não seja seu Salvador. Agora que a velhice veio sobre você, Ele não o olha como não sendo mais Seu filho. Sua vida religiosa dá hoje o mesmo testemunho que deu no passado. Você creu na palavra de Deus e, nas perplexidades e provações, agiu de acordo com esta palavra. Como o apóstolo, você pode dizer: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda." 2 Timóteo 4:7, 8. -- Carta 299, 1904. ------------------------Capítulo 12 -- Segurança e conforto aos que enfrentam a morte Mensagens de simpatia e esperança a uma fiel auxiliar CId 146 0 Melrose, Massachusetts, 17 de Agosto de 1904. CId 146 1 Prezada irmã Mariana Davis: Gostaria de estar em casa, mas não sei exatamente a que reuniões deverei assistir; portanto, faremos o melhor que pudermos. ... CId 146 2 Estou pedindo ao Senhor que a fortaleça. Estamos esperançosos de que esteja melhor. Apegue-se firmemente ao Senhor, sua mão na mão de Cristo. ... CId 146 3 Mariana, você não deve desanimar. Seu caso está nas mãos do Senhor, e você deve agora submeter seu caso, quanto ao tratamento, aos médicos, Drs. A e B, deixando que por você façam aquilo que tem de ser feito. Temos outros livros para pôr em suas mãos, quando você tiver vencido a doença que sofre agora. Não deixe de comer, mesmo que isso cause alguma dor. Quanto mais tempo deixar de comer, tanto mais fraca se tornará. ... Poderíamos perguntar: Como se pode dar que o Senhor precise de nós? Não é nosso Deus grande em poder? Não quer você apoderar-se de Sua força? Nenhum ser humano poderá ajudá-la como o pode o Senhor Jesus. Confia nEle. Ele cuidará de você. -- Carta 378, 1904; Mensagens Escolhidas 2:251. CId 147 0 Melrose, Massachusetts, 24 de Agosto de 1904. CId 147 1 Querida irmã Mariana Davis: Não deixe que um só pensamento de ansiedade lhe penetre na mente. Sinto muito estar tão doente, mas faça tudo que de sua parte puder, para recobrar a saúde. Cuidarei que sejam liquidadas todas as contas de despesas. Não me sinto bem; não posso viajar senão pequena distância, na carruagem. Não ouso confiar-me às viagens longas, de carro. Enquanto você e eu vivermos, meu lar será o seu lar. ... CId 147 2 Mariana, quase todo o tempo em que estive fora não tive apetite, mas não me atrevo a deixar de comer, pois então nada poderia fazer. Comia mesmo sem apetite, a fim de que pudesse viver. Tenho tido apetite depois que vim para cá. Ponho em Deus minha confiança e pleiteio com Ele, por ti e por mim. Não devemos andar em ansiedades e cuidados. Coloque simplesmente no Senhor a sua confiança. Tudo que é preciso, para você e para mim, é crer e confiar nAquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos os que se cheguem a Ele e nEle ponham a confiança. "Segure firme a Minha mão", diz Jesus a você e a mim. É animada a entreter pensamentos corretos acerca de Cristo nosso Salvador -- seu Salvador e meu. Você se alegrou em toda oportunidade de fazer o que podia para promover Sua glória, e será introduzida na cidade de Deus quando Sua última trombeta soar, e formos recebidos com genuíno júbilo. CId 147 3 Mariana, você esteve unida a mim para levar a sã doutrina em real contato com as almas humanas, para que sentissem a inspiração e adotassem práticas sadias. "O modelo das sãs palavras " (2 Timóteo 1:13) deve ser estimado mais que ouro e prata e todo atrativo terrestre. Você tem amado a verdade. Tem sentido intensamente a grande negligência de que nosso Senhor e Salvador tem sido objeto. Oh, ter o mesmo sentimento que Deus! Isto você tem almejado. Não existe nenhum genuíno e salvador enobrecimento para o homem, à parte da verdade de Deus. CId 148 1 "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome." Salmos 103:1. Ora, celebremos, você e eu, cada dia um culto de ações de graças. Porventura não Lhe é devido isso, a Ele que poupou sua vida durante estes muitos anos, em resposta à oração da fé? Em sua fraqueza, entregue-se em Suas mãos, e confie plenamente nEle. Tomaremos a Palavra de Deus como a grande regra de nossa vida, a panacéia celestial ao nosso dispor. Temos procurado, você e eu juntas, apresentar aos homens o verdadeiro modelo de doutrina, combinando santidade, misericórdia, verdade e amor. Temos procurado apresentá-los com simplicidade, de modo que as almas apreendessem a combinação de amor e santidade -- o que é, simplesmente, o cristianismo no coração. Fizemos o que pudemos para apresentar o cristianismo como coroa e glória da vida dos homens aqui no mundo, como preparo para a entrada na cidade de Deus, para lá serem Seus queridos e preciosos remidos, nas mansões que nos foi preparar. Louve, pois, ao Senhor. Louvemo-Lo! CId 148 2 Por favor, Mariana, tome alimento. Pois seu médico terrestre quer que você coma, e o grande Missionário-Médico quer que você coma; e a irmã [M. J.] Nelson arranjará qualquer coisa que pedir. Ninguém se alegrará mais do que eu de que sua vida seja poupada e continue a fazer a obra; mas se for chegado o tempo de você ou eu repousarmos em Jesus, não devemos abreviar a vida recusando o alimento de que o organismo carece. Portanto coma, minha querida, quer deseje quer não, e assim contribuirá para sua restauração. Faça o melhor que puder para recuperar a saúde, e então, se aprouver ao Senhor dar-lhe descanso, terá feito o que pôde. Aprecio os seus trabalhos. Louve o Senhor, Mariana, porque Jesus, o Grande Médico, pode curá-la. Com amor. -- Carta 379, 1904; Mensagens Escolhidas 2:251-253. CId 149 0 College View, Nebraska, 16 de Setembro de 1904. CId 149 1 Querida irmã Mariana: Conservo perante mim o seu caso, e aflige-me que esteja com o espírito perturbado. Desejaria confortá-la, se estivesse em meu poder. Não lhe foi Jesus, o precioso Salvador, tantas vezes um auxílio bem presente em tempos de necessidade? Não entristeça o Espírito Santo, mas deixe de acabrunhar-se. Isto é o que tantas vezes você disse a outros. Deixe que as palavras dos que não estão doentes, como você está, a confortem, e que o Senhor a ajude, é minha oração. CId 149 2 Se for a vontade de Deus que a irmã venha a falecer, deve sentir ser seu privilégio confiar todo o seu ser, corpo, alma e espírito, às mãos de um Deus justo e misericordioso. Ele não tem essas idéias de condenação que imagina. Quero que cesse de pensar que o Senhor não a ama. Lance-se sem reservas sobre as misericordiosas providências por Ele tomadas. Ele está à espera de que atenda ao Seu convite. ... Não deve pensar que você fez o que quer que fosse que levasse Deus a tratá-la com severidade. Eu bem o sei. Creia, simplesmente, em Seu amor e tome-O em Sua palavra. ... Nenhuma suspeita ou desconfiança deve tomar posse de nosso espírito. Nenhum temor da grandeza de Deus deve confundir nossa fé. CId 150 1 Que Deus nos ajude a humilhar-nos com mansidão e modéstia. Cristo depôs Suas vestes reais e Sua real coroa, para que Se pudesse associar com a humanidade, e mostrar que os seres humanos podem ser perfeitos. Revestido das vestes de misericórdia viveu Ele em nosso mundo uma vida perfeita para nos dar prova de Seu amor. Ele fez aquilo que deveria tornar impossível a descrença nEle. De Seu alto posto de comando nas corte celestiais Ele desceu para tomar sobre Si a natureza humana. Sua vida é exemplo do que se pode tornar a nossa. Para que nenhum temor da grandeza de Deus interviesse para atenuar nossa crença no amor divino, Cristo tornou-Se um Varão de dores, experimentado nos trabalhos. O coração humano, entregue a Ele tornar-se-á uma harpa sagrada, a emitir sagrada música. -- Carta 365, 1904; Mensagens Escolhidas 2:253, 254. CId 150 2 College View, Nebraska, 26 de Setembro de 1904. CId 150 3 Querida irmã Mariana: Oramos para que sua vida seja conservada até que nos encontremos mais uma vez -- mas é possível que não morra, mas viva. ... CId 150 4 Olhe para Jesus. Confie em Jesus, quer viva quer morra. Ele é seu Redentor. Ele é nosso doador de vida. Se adormecer em Jesus, Ele te fará ressurgir do sepulcro, para uma gloriosa imortalidade. Possa Ele dar-lhe paz e conforto e esperança e alegria, daqui por diante. CId 151 1 Coloque toda a sua confiança em Jesus. Ele nunca a deixará nem a abandonará. Diz Ele: Gravei-te nas palmas de Minhas mãos. Mariana, se você partir antes de mim, havemos de reconhecer-nos mutuamente, lá. Veremos, como somos vistos, e conheceremos, como somos conhecidos. Simplesmente deixe a paz de Cristo penetrar em sua alma. Seja fiel em sua confiança porque Ele é fiel em Sua promessa. Coloque sua pobre e nervosa mão em Sua mão firme e deixe que Ele a ampare e fortaleça, anime e conforte. Vou agora preparar-me para deixar esta localidade. Oh, desejaria estar com você neste momento! Com muito amor. -- Carta 382, 1904; Mensagens Escolhidas 2:254, 255. Conforto a um ministro á morte, por câncer CId 151 2 Não nos esquecemos de você; lembramo-nos de você em nossas orações junto ao altar de família. Fico acordada à noite, instando com Deus em seu favor. CId 151 3 Oh, sinto-me muito pesarosa por você. Continuarei a orar para que a bênção de Deus repouse sobre você. Ele não o deixará sem conforto. Este mundo bem pouco vale, mas, meu caro irmão e irmã, Jesus diz: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mateus 7:7. Pleiteio esta promessa em seu favor. ... CId 151 4 Meu irmão, uma noite tive a impressão de que me aproximava de você e dizia: "Apenas um pouco mais, apenas mais algumas ânsias de dor, umas poucas horas mais de sofrimento, e então o repouso, o bendito repouso. De modo especial encontrará a paz. Toda a humanidade tem de ser provada. Todos nós temos de sorver o cálice e ser batizados com a aflição. Cristo, porém, experimentou a morte por todos os homens, em sua mais amarga forma. Ele sabe como ter compaixão, como ter simpatia. Repouse, tão-somente, em Seus braços; Ele o ama, e o remiu com Seu amor eterno. Seja fiel até à morte, e receberá a coroa da vida. CId 152 1 "Todos os que vivem em nosso mundo daqui por diante conhecerão o sentido das provações. Sei que Deus lhe dará graça, que Ele não o abandonará. Lembre-se da promessa divina: 'Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito; para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.' Apocalipse 14:13. Tenha bom ânimo. Eu estaria com você agora se pudesse, mas encontrar-nos-emos na manhã da ressurreição." ... CId 152 2 Dirigia eu também palavras de conforto à irmã C. Eu a animava, e o aposento parecia repleto de anjos de Deus. Tenham bom ânimo, ambos. O Senhor não os deixará nem desamparará. -- Carta 312, 1906; Mensagens Escolhidas 2:256. As obras são preservadas através da eternidade CId 152 3 Os mensageiros de Deus devem manter alto o estandarte da verdade até que sua mão seja paralisada pela morte. Quando dormirem na morte, os lugares que uma vez os conheceram, não o conhecerão mais. As igrejas nas quais pregaram, os lugares que visitaram para anunciar a palavra da vida, ainda lá ficarão. As montanhas, os outeiros, as coisas vistas pela visão mortal, ainda lá estarão. Todas essas coisas deverão, finalmente, passar. O tempo está chegando quando a Terra vai cambalear de um lado para outro e será removida como uma cabana. Mas os pensamentos, os propósitos, as ações dos obreiros de Deus, embora não sejam vistos agora, vão aparecer no grande dia da retribuição e recompensa final. Coisas agora esquecidas vão aparecer como testemunhas para aprovação ou condenação. CId 153 1 O amor, a cortesia e a abnegação nunca se perderão. Quando os escolhidos de Deus forem transformados de mortais para imortais, suas palavras e atos de bondade vão ser manifestos e preservados através da eternidade. Ato algum de abnegação, embora pequeno ou simples, jamais ficará perdido. Através dos méritos da justiça imputada de Cristo, a fragrância de tais palavras e atos será preservada para sempre. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1904. Cristo nos conduzirá com segurança para o lar CId 153 2 Já houve alguma ocasião em que um cristão moribundo desse aos amigos que o vigiam um testemunho de que foram enganados, de que não há Deus e de que não há realidade na religião de Cristo? Mas quantos dos que se cercaram com as negras vestes do ateísmo tiveram de se prostrar diante do implacável mensageiro da morte. Poderíamos mencionar muitas ocasiões nas quais homens cultos se vangloriaram em sua descrença e alardearam seu ateísmo, mas, quando a morte os reclamou, olharam com horror para um futuro sem estrelas, e suas últimas palavras foram: "Esforcei-me para crer que não há Deus, não há recompensa para o fiel e nem castigo para o ímpio; contudo, quão vã foi essa tentativa. Agora sei que preciso me defrontar com o destino dos perdidos." CId 153 3 Em seus últimos momentos, Sir Thomas Scott clamou: "Até este momento, cria que não havia Deus nem inferno. Agora sei e sinto que existem ambos e que estou condenado à perdição pelos justos juízos de Deus." CId 154 1 Voltaire era no seu tempo o leão da hora. Vivia numa esplêndida mansão e estava cercado por todo o luxo que seu coração pudesse desejar. Reis o honravam. Os grandes do mundo buscavam sua companhia. Certa ocasião, alguns homens tiraram os cavalos da carruagem dele e a puxaram eles mesmos em triunfo pela cidade. ... CId 154 2 Vá agora ao leito de morte de um cristão -- Halburton da Escócia. Estava na pobreza e sofria de grandes dores. Nada tinha dos confortos que Voltaire possuía, mas era infinitamente mais rico. Disse ele: "Dentro de pouco tempo, morrerei. Na ressurreição, sairei para ver o meu Deus e para viver eternamente. Abençoado seja o Seu nome porque O encontrei e morro regozijando-me nEle. Bendito seja Deus porque nasci." CId 154 3 Relatando os últimos dias de Sir Davis Brewster, sua filha escreveu: "Ele agradeceu a Deus porque o caminho da salvação era tão simples: não exigia argumento elaborado algum, nenhuma consecução difícil. Crer no Senhor Jesus Cristo era viver. Confiava nEle e desfrutava Sua paz." As últimas palavras desse grande cientista foram: "A vida foi brilhante para mim e agora existe o brilho do além. Verei Jesus, que criou todas as coisas e que fez os mundos. Vê-Lo-ei como é. Sim, tive a luz por muitos anos. Oh, como ela é brilhante! Sinto-me tão seguro, tão satisfeito." CId 154 4 "O caminho do transgressor é trabalhoso" (Provérbios 13:15), mas os da sabedoria "são deliciosos e todas as suas veredas, paz". Provérbios 3:17. No caminho que desce, o portal pode ser brilhante e florido, mas nele há espinhos. A luz da esperança que brilha na sua entrada desaparece na escuridão do desespero; e a alma que segue pelos seus caminhos mergulha nas sombras de uma noite infinita. CId 155 1 Mas, tomando Cristo por guia, seremos conduzidos com segurança para o lar. A estrada pode ser acidentada, a subida, íngreme; pode haver ciladas à direita e à esquerda; é possível que tenhamos de suportar fadigas na jornada. Quando cansados e suspirando por repouso, é possível que tenhamos de labutar; quando desfalecidos é possível que tenhamos de lutar; quando desanimados, ainda devemos ter esperança porque, tomando Cristo como guia, não falharemos na chegada final ao porto desejado. Antes de nós, Cristo trilhou o áspero caminho e alisou a estrada para nossos pés. CId 155 2 Os que andam pelos caminhos da sabedoria são extremamente alegres, mesmo na tribulação porque, invisivelmente, Aquele a quem sua alma ama está do seu lado. A cada passo que dão para cima, discernem mais distintamente o toque da Sua mão. Em cada passo, vêem que cintilações mais brilhantes de glória vindas do Invisível incidem sobre seus caminhos. Seus hinos de louvor alcançam notas cada vez mais altas e sobem para se juntar às dos anjos diante do trono. "A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Provérbios 4:18. -- The Signs of the Times, 3 de Agosto de 1904. A sepultura foi consagrada por Cristo CId 155 3 Cristo consagrou a sepultura passando por ela na morte. Cristo quebrou as cadeias da tumba e, sobre o sepulcro emprestado de José, proclamou: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. A sepultura foi consagrada pela Sua presença. As pegadas dAquele que levou a cruz podem ser rastejadas na Sua vida e testificam do Seu caráter. -- Carta 103, 1898. Nosso tempo de lavar e passar CId 156 1 Sabemos em quem cremos. Os homens podem falar sobre termos nossa mente por demais fixada no Céu, mas sabemos que não é assim. Estivemos na obra aproximadamente quarenta e oito anos e conhecemos alguma coisa sobre o serviço de Deus. Sei melhor o que é aflição quando estou aqui sozinha, quando aquele que esteve do meu lado e em cujas afeições me apoiei durante trinta anos se foi, mas ainda não estou só porque Cristo é meu ajudador. Oh, como gostaria que as cortinas se descerrassem e pudéssemos ver Cristo na Sua glória. Seremos membros da família real, filhos do Rei celeste. Por enquanto, é nosso privilégio saber que Cristo está do nosso lado como nosso ajudador. CId 156 2 Cristo diz: "Conheço as suas obras." Ele as conhece, quer esteja vivendo uma vida de perfeição, gostando de falar dEle e nEle pensar, quer louvá-Lo seja sua alegria. Estamos nós na expectativa de finalmente ir para o Céu e juntar-nos ao coro celestial? No que diz respeito ao caráter, sairemos da sepultura tal qual para ela fomos. O que é mortal se revestirá da imortalidade e o corruptível da incorruptibilidade (ver 1 Coríntios 15:54), mas é apenas o corpo que será transformado naquela ocasião. Agora é o tempo de lavar e passar, é tempo de lavar nossas roupas e torná-las brancas no sangue do Cordeiro. -- Manuscrito 84, 1886. Amadurecendo para a colheita CId 157 1 A reunião campal realizada em Worcester, Massachusetts, de 22 a 28 de Agosto ... , foi de especial interesse para mim. Encontrei-me lá com um grande número de crentes, alguns dos quais estiveram ligados à obra desde os primórdios da mensagem do terceiro anjo. Desde a última reunião destas, o irmão Hastings, um dos fiéis porta-estandartes, caiu em seu posto. Entristeci-me ao ver alguns curvados sob a enfermidade dos anos, mas alegrei-me ao ver outros ouvirem com avidez as palavras da vida. O amor de Deus e Sua verdade pareciam brilhar em seu coração e iluminar seu semblante. Muitas vezes, seus olhos se enchiam de lágrimas, não de tristeza, mas de alegria enquanto escutavam a mensagem de Deus vinda da boca dos Seus servos. Esses idosos peregrinos estavam presentes em quase todas as reuniões como se temessem, como Tomé, estar ausentes quando Jesus viesse e dissesse: "Paz seja convosco." CId 157 2 Como grãos amadurecidos, esses preciosos, experientes e fiéis obreiros estão qualificados para a colheita. A obra deles está quase feita. É possível que fiquem até que Cristo seja revelado nas nuvens dos céus com poder e grande glória. Podem deixar as fileiras a qualquer tempo, dormindo em Jesus. Mas, enquanto as trevas encobrem a terra, e a densa escuridão envolve os povos, esses filhos da luz podem levantar a cabeça e se regozijar, sabendo que sua redenção está próxima. -- Life Sketches of Ellen G. White, 271, 272. ------------------------Capítulo 13 -- A hora da aflição Não há pecado em chorar CId 158 1 Querida irmã: Simpatizamos com você em seu luto e viuvez. Passei pelo caminho que você agora palmilha, e sei o que significa. Quanta tristeza existe em nosso mundo! Quanta aflição! Quanto pranto! Não é direito dizer aos que estão de luto: "Não chore! Não é direito chorar." Essas palavras pouca consolação encerram. Não há pecado em chorar. Embora o falecido tenha sofrido por anos, devido à fraqueza e dor, isso não enxuga de nossos olhos as lágrimas. CId 158 2 Nossos queridos falecem. Encerram-se suas contas com Deus. Mas conquanto consideremos coisa séria e solene o morrer, devemos, entretanto, considerar coisa muito mais solene o viver. Cada dia de nossa vida se acha carregado de responsabilidades de que nos devemos desempenhar. Nossos interesses individuais, nossas palavras, nossas ações, fazem impressão sobre aqueles com quem temos contato. Devemos encontrar nosso consolo em Jesus Cristo. Precioso Salvador! Ele sempre Se condoeu da desgraça humana... Apegue-se à Fonte de suas forças. -- Mensagens Escolhidas 2:264. O Senhor seja seu conforto CId 158 3 Prezada irmã: Acaba de ser-me colocada nas mãos uma carta da irmã G, dando notícia de seu luto. Simpatizo profundamente com você, minha irmã. Se eu estivesse onde pudesse visitá-la, assim o faria. ... CId 159 1 Dir-lhe-ei, minha irmã, que o Senhor não deseja que se aflija, possuindo-se de tristeza. Seu marido foi poupado muitos anos mais do que eu supunha. Deus misericordiosamente o poupou, e misericordiosamente, após muito sofrimento, o pôs a descansar em Jesus. ... Seu marido e meu marido estão repousando. Não têm mais dor, nem sofrimento. Estão em repouso. CId 159 2 Sinto, minha irmã, você estar em aflição e tristeza. Mas Jesus, o precioso Salvador, vive. Ele vive para você. Quer que seja confortada em Seu amor. Não se acabrunhe; confie no Senhor. ... Não se queixe. Não lamente nem chore. Não olhe para o lado escuro. Deixe que a paz de Deus reine em sua alma. Então terá força para suportar todos os seus sofrimentos, e se alegrará de ter graça para resistir. Louve ao Senhor; fale de Sua bondade, fale de Seu poder. Suavize a atmosfera que circunda sua vida. CId 159 3 Não desonre a Deus por palavras de descontentamento, mas louve-O com o coração, com a voz, com todo o ser. Olhe para o lado brilhante de todas as coisas. Não introduza em seu lar uma nuvem ou sombra. Louve Aquele que é a luz de seu semblante e seu Deus. Faça isto, e verá quão suavemente tudo decorrerá. -- Mensagens Escolhidas 2:266, 267. Ellen G. White em sua hora de aflição CId 159 4 Em minha recente aflição, tive uma nítida visão da eternidade. Fui, por assim dizer, levada perante o grande trono branco, e vi minha vida como aparecerá ali. Não posso encontrar coisa alguma de que me glorie, mérito nenhum que possa alegar. "Indigna, indigna do menor dos Teus favores, ó meu Deus!" é meu brado. Minha única esperança está no crucificado e ressurgido Salvador. Alego os méritos do sangue de Cristo. Jesus salvará perfeitamente a todos os que nEle puserem a confiança. CId 160 1 Às vezes me é difícil conservar o semblante alegre, quando meu coração se parte de angústia. Mas não permito que minha tristeza lance sombra sobre todos os que me rodeiam. Períodos de aflição e tristeza muitas vezes se tornam mais acabrunhadores e aflitivos do que deveriam ser, porque é costume entregar-nos a lamentos sem restrição. Pelo auxílio de Jesus, resolvi fugir a este mal; minha resolução, porém, foi duramente provada. A morte de meu marido foi para mim pesado golpe, sentido mais agudamente porque foi repentino. Quando vi o selo da morte sobre seu semblante, meus sentimentos foram quase insuportáveis. Anelava desabafar em altos gritos a minha angústia. Sabia, porém, que isso não salvaria a vida de meu amado, e concluí que não seria cristão entregar-me à tristeza. Busquei auxílio e conforto de cima, e as promessas de Deus em mim se verificaram. Susteve-me a mão do Senhor. É pecado condescender, sem restrições, com choro e lamentos. Pela graça de Cristo podemos, sob severa prova, ficar tranqüilos e mesmo animados. CId 160 2 Aprendamos uma lição de ânimo e fortaleza da última entrevista de Cristo com os apóstolos. Estavam para separar-se: Nosso Salvador penetrava na vereda sangrenta, que O levaria ao Calvário. Nunca houve cena mais probante do que essa pela qual havia de logo passar. Os apóstolos haviam ouvido as palavras de Cristo, predizendo Seus sofrimentos e morte, e tinham o coração pesado de tristeza, o espírito transtornado pela dúvida e temor. Entretanto, não houve gritos de desabafo; não se abandonaram à tristeza. Aquelas últimas, solenes e momentosas horas, passou-as o Salvador dirigindo palavras de conforto e confiança aos discípulos, e então todos se uniram num cântico de louvor. -- Mensagens Escolhidas 2:267, 268. Sonhos de Ellen com Tiago logo após sua morte CId 161 1 Faz alguns dias, estava rogando a Deus que me desse luz sobre meu dever. À noite, sonhei que estava dirigindo uma carruagem, assentada do lado direito. Papai estava na carruagem, sentado à minha esquerda. Estava muito pálido, mas calmo e tranqüilo. "Papai", disse eu, "sinto-me tão feliz por ter você de novo ao meu lado! Sentia-me como se metade de mim tivesse ido embora. Papai, vi você morrer; vi você ser sepultado. Teve o Senhor pena de mim, deixando que voltasse para trabalharmos juntos de novo como costumávamos fazer?" CId 161 2 Ele olhou-me muito triste e respondeu: "O Senhor sabe o que é melhor para mim e para você. Meu trabalho me era muito caro. Cometemos um erro. Aceitamos os convites insistentes dos nossos irmãos para assistir a reuniões importantes e não tivemos coragem de recusar. Essas reuniões desgastaram-nos, a ambos, mais do que imaginávamos. Nossos bons irmãos ficaram contentes, mas não compreenderam que essas reuniões foram para nós um fardo pesado demais para serem suportados com segurança em nossa idade. Eles nunca saberão das conseqüências desse longo e contínuo esforço sobre nós. Deus queria que eles levassem os fardos que levamos por anos. Nossas energias nervosas foram sobrecarregadas continuamente, e nossos irmãos, julgando mal nossos motivos e não compreendendo nossos fardos, enfraqueceram o trabalho do coração. Cometi erros e o maior deles foi permitir que minha simpatia pelo povo de Deus me levasse a fazer o trabalho que outros deveriam ter feito. CId 162 1 "Agora, Ellen, os convites continuarão a vir, pedindo que você assista a reuniões importantes, tal como aconteceu no passado, mas submeta esse assunto a Deus e não responda aos mais insistentes convites. Sua vida está pendurada por um fio. Você precisa descansar, livre de toda a excitação e de todos os cuidados desagradáveis. Poderíamos ter feito um grande trabalho durante anos com nossas penas, apresentando ao povo temas de que necessitam e sobre os quais tivemos luz que outros não têm. Assim você pode trabalhar quando suas forças voltarem, e poderá fazer mais com sua pena do que com sua voz." CId 162 2 Ele olhou para mim súplice e continuou: "Você não vai negligenciar esta admoestação, não é, Ellen? Nosso povo nunca saberá sob que enfermidades trabalhamos para servi-los porque nossa vida esteve entretecida com o progresso da obra, mas Deus sabe de tudo. Lamento que me tenha preocupado tanto e trabalhado tão exageradamente nas emergências, deixando de respeitar as leis da vida e da saúde. O Senhor não requer de nós que levemos tão pesados encargos, enquanto que muitos dos nossos irmãos levam tão poucos. Deveríamos ter ido para a costa do Pacífico há mais tempo e ter gasto nosso tempo e nossa energia escrevendo. Fará você isto agora? Quando suas forças voltarem, tomará sua pena e escreverá sobre estas coisas que antecipávamos havia tanto tempo e diminuirá sua pressa? Há assuntos importantes dos quais nosso povo precisa. Ocupe-se principalmente com isto. Você terá de falar algo para o povo, mas evite as responsabilidades que nos abateram." CId 163 1 "Bem", disse eu, "Tiago, de qualquer maneira, você vai ficar comigo agora, e trabalharemos juntos." Disse ele: "Estive em Battle Creek tempo demais. Deveria ter ido para a Califórnia mais de um ano atrás, mas queria ajudar a obra e as instituições em Battle Creek. Cometi um erro. Seu coração é sensível e estará inclinada a cometer os mesmos erros que eu. Sua vida pode ser útil à causa de Deus. Oh, aqueles preciosos temas que o Senhor queria que eu apresentasse ao povo, jóias preciosas de luz!" CId 163 2 Acordei. O sonho tinha parecido ser tão real. Agora pode ver e compreender por que não me senti na obrigação de ir a Battle Creek com o propósito de assumir responsabilidades na Associação Geral. Não tenho o dever de estar na Associação Geral. O Senhor me proíbe. Isto basta. -- Carta 17, 1881. Votos de prosseguir após a morte do marido CId 163 3 Durante esta grave doença [em Oakland, Califórnia, 1888] apresentou-se-me vividamente a lembrança da experiência pela qual passei quando meu marido estava morrendo. Naquela ocasião, em minha fraqueza, orei a Deus com ele. Sentei-me ao seu lado com sua mão na minha até que adormecesse em Jesus. O voto solene que fiz de ficar no meu posto do dever, ficou profundamente gravado na minha mente -- voto de desapontar o inimigo, de apresentar um constante e sincero apelo aos meus irmãos sobre a crueldade dos seus zelos e más suposições que fermentam nas igrejas. Gostaria de fazer um apelo para que amem uns aos outros e conservem o coração compassivo pela lembrança do amor de Jesus exercido sobre eles pelo que Cristo por eles fez. Ele disse: "Que vos ameis uns aos outros". João 15:12. Jamais poderei expressar com pena ou voz a obra que reconheci ser posta diante de mim naquela ocasião quando estava ao lado do meu esposo moribundo. Não perdi a solene visão que tive do meu trabalho enquanto sentava junto à cama do meu esposo com sua mão moribunda entre as minhas. -- Manuscrito 21, 1888. Reflexões de Ellen G. White sobre a morte de Tiago White CId 164 1 Após a morte do meu marido, um dos nossos irmãos, que tinha muita consideração por ele, me disse: "Não deixe que o sepultem, mas ore ao Senhor para que o traga de volta à vida." Respondi: "Não, não, embora compreenda minha grande dor, não farei isto." Senti que ele já havia feito seu trabalho. Ninguém senão eu mesma sabia quão grande era o fardo que levara nos esforços que tínhamos envidado para o avanço da verdade. Ele tinha feito o trabalho de três homens. CId 164 2 Noite após noite, no princípio do nosso trabalho, quando o avanço parecia estar sendo embaraçado por todos os lados, ele dizia: "Ellen, precisamos orar. Não podemos desistir até que sintamos o poder de Deus." Ele ficava acordado por horas e dizia: "Ó Ellen, estou tão aflito. Quer orar por mim para que não fracasse, nem fique desanimado." Juntos apresentávamos nossas orações com fortes clamores e lágrimas, até que de seus lábios vinham as palavras: "Obrigado, Senhor; Ele me falou de paz. Tenho luz no Senhor. Não falharei. Levarei a batalha até os portões." Deve ele sofrer tudo isto novamente? Não, não. De maneira alguma o chamaria deste sono tranqüilo para uma vida de trabalhos e dores. Ele vai descansar até a manhã da ressurreição. CId 165 1 Meu esposo faleceu em 1881. Durante o tempo que se passou, constantemente senti falta dele. Durante o primeiro ano após sua morte, senti intensamente minha perda até que quando estive nos portais da morte, o Senhor me curou instantaneamente. Isto aconteceu numa reunião campal realizada em Healdsburg, cerca de um ano depois da morte do meu esposo. Desde então, estive pronta para viver e pronta para morrer, exatamente como o Senhor achar que eu possa glorificá-Lo melhor. -- Carta 396, 1906. ------------------------Capítulo 14 -- Lições tiradas de personagens Bíblicos A fé de Abraão CId 166 1 Era Abraão homem idoso quando recebeu de Deus a impressionante ordem de oferecer seu filho Isaque como oferta queimada. Abraão, mesmo em sua geração, era considerado velho. Desvanecera-se-lhe o ardor da juventude. Já não lhe era fácil suportar dificuldades e enfrentar perigos. No vigor da mocidade o homem enfrenta a tempestade com altiva consciência de força, e ergue-se acima de desencorajamentos que em sua vida posterior lhe fariam o coração desfalecer, quando os seus passos vacilam rumo à sepultura. CId 166 2 Mas em Sua providência Deus reservou para Abraão sua última e mais aflitiva prova até o peso dos anos o oprimir e ele almejar por descanso da ansiedade e labuta. O Senhor lhe falou, dizendo: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas", "e oferece-o ali em holocausto." Gênesis 22:2. O coração do ancião paralisou-se de terror. A perda desse filho por doença teria sido um golpe duro àquele pai amoroso; ter-lhe-ia curvado a fronte embranquecida de tristeza. Mas agora eis que se lhe ordena derramar com as próprias mãos o precioso sangue daquele filho. Parecia-lhe terrível impossibilidade. CId 166 3 Entretanto, Deus falara, e Sua palavra tinha de ser obedecida. Abraão era avançado em anos, mas isto não o desculpou de cumprir o dever. Agarrou o bordão da fé, e em muda agonia tomou pela mão o filho, belo na rosada saúde da juventude, e saiu a obedecer à palavra de Deus. O grande e idoso patriarca era humano; suas paixões e laços afetivos eram como os nossos, e ele amava o rapaz, que era o consolo de sua velhice, e a quem fora dada a promessa do Senhor. CId 167 1 Mas Abraão não se deteve a duvidar de como as promessas de Deus poderiam cumprir-se, uma vez morto Isaque. Não parou a arrazoar com o sofrido coração, mas executou a ordem divina ao pé da letra, até que, exatamente quando o cutelo estava para ser mergulhado nas trêmulas carnes do filho, veio a ordem: "Não estendas a tua mão sobre o moço", "porquanto agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único." Gênesis 22:12. CId 167 2 Esse grande ato de fé acha-se traçado nas páginas da história sagrada para brilhar no mundo como exemplo nobre até ao fim do tempo. Abraão não argumentou que sua idade avançada o eximisse de obedecer a Deus. Não disse: "Tenho os cabelos brancos, foi-se-me o vigor da varonilidade; quem me consolará no final da minha vida, quando Isaque não mais existir? Como pode um pai idoso derramar o sangue de um filho único?" Não; Deus falara, e o homem devia obedecer sem questionar, nem murmurar, ou desfalecer pelo caminho. CId 167 3 Precisamos da fé de Abraão em nossas igrejas hoje, a fim de iluminar as trevas que ao redor delas se acumulam, excluindo a suave luz do amor divino e atrofiando o crescimento espiritual. A idade jamais nos desculpará de obedecermos a Deus. Deve nossa fé ser prolífera de boas obras, pois "a fé sem obras é morta". Tiago 2:26. Todo dever cumprido, todo sacrifício feito em nome de Jesus, traz uma recompensa excelente. No próprio ato de cumprir o dever, Deus fala e dá Sua bênção. Mas Ele requer de nós uma inteira consagração de nossas faculdades. O espírito e o coração, o ser todo, precisam ser dados a Ele, ou do contrário não atingiremos a norma de cristãos verdadeiros. -- Testemunhos Para a Igreja 4:144, 145. A oração de Davi CId 168 1 Foi-me mostrado Davi rogando ao Senhor que o não abandonasse quando fosse idoso, e o que foi que lhe inspirou essa fervorosa oração. Ele viu que a maioria das pessoas idosas que o rodeavam não eram felizes, e que os traços lamentáveis de caráter aumentavam especialmente com a idade. Se as pessoas eram naturalmente mesquinhas e cobiçosas, isto se acentuava desagradavelmente em sua velhice. Se eram ciumentas, irritáveis e impacientes, tornavam-se mais ainda quando idosas. CId 168 2 Davi afligia-se ao ver que reis e nobres que pareciam ter o temor de Deus diante de si enquanto se achavam no vigor da varonilidade, tornavam-se ciumentos de seus melhores amigos e parentes, quando se tornavam mais idosos. Receavam continuamente que houvesse motivos egoístas nas manifestações de interesse dos amigos para com eles. Davam ouvidos às sugestões e conselhos enganosos de estranhos com relação àqueles em quem deviam confiar. Seus não refreados ciúmes inflamavam-se por vezes, porque nem todos concordavam com seu juízo falível. CId 168 3 Terrível era sua cobiça. Pensavam muitas vezes que os próprios filhos e parentes desejavam que eles morressem a fim de tomar-lhes o lugar e possuir-lhes as riquezas, e receber as homenagens que lhes haviam sido prestadas. E alguns eram de tal modo controlados pelos ciúmes e sentimentos de cobiça, que destruíam os próprios filhos. CId 169 1 Davi observava que, se bem que a vida de alguns houvesse sido justa enquanto se achavam no vigor dos anos, eles pareceram perder o domínio de si mesmos ao sobrevir-lhes a velhice. Satanás penetrou-lhes no espírito e os dirigiu, tornando-os desassossegados e descontentes. Viu Davi que muitos dos idosos pareciam abandonados por Deus, e se expunham ao ridículo e ao insulto por parte de seus inimigos. Davi sentia-se profundamente abalado; ficou aflito ao pensar nos anos futuros, quando estivesse idoso. Temia que Deus o deixasse, e que ele fosse tão infeliz como outros idosos cuja conduta ele observara, e exposto à desonra dos inimigos do Senhor. Com o coração opresso por isto, ele orou fervorosamente: "Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força." "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as Tuas maravilhas. Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a Tua força a esta geração, e o Teu poder a todos os vindouros." Salmos 71:9, 17, 18. Davi sentia a necessidade de guardar-se contra os males que acompanham a velhice. -- Testemunhos Para a Igreja 1:422, 423. Davi planejava com antecedência CId 169 2 Arrumando seus negócios, Davi deu um bom exemplo para todos os que estão avançando em idade: liquidar seus problemas enquanto forem capazes de fazê-lo para que, quando se aproximarem da morte e suas faculdades mentais enfraquecerem, coisa mundana alguma desvie sua mente de Deus. -- The S.D.A. Bible Commentary 2:1025. Como Pedro enfrentou a morte CId 170 1 Desde sua reintegração depois de haver negado a Cristo, Pedro enfrentara denodadamente o perigo, e mostrara nobre coragem em pregar um Salvador crucificado, ressuscitado e assunto ao Céu. Agora em sua cela, recordava as palavras que Cristo havia falado a seu respeito: "Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos; e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queiras." João 21:18. Assim fizera Jesus conhecer ao discípulo a própria maneira de sua morte, e predissera mesmo o estender de suas mãos sobre a cruz. CId 170 2 Pedro, como um estrangeiro judeu, foi condenado a ser açoitado e crucificado. Na perspectiva desta terrível morte, o apóstolo lembrou seu grande pecado em haver negado a Jesus na hora de Seu julgamento. Não preparado então para reconhecer a cruz, considerava agora uma alegria render a vida pelo evangelho, sentindo tão-somente que, para ele que negara seu Senhor, morrer da mesma maneira por que seu Mestre morrera, lhe era uma honra demasiado grande. Pedro havia-se arrependido sinceramente daquele pecado, e tinha sido perdoado por Cristo, o que se revelava pela alta missão a ele dada para alimentar as ovelhas e cordeiros do rebanho. Ele, porém, nunca pôde perdoar a si mesmo. Nem mesmo o pensamento das agonias da última e terrível cena puderam diminuir a amargura de sua tristeza e arrependimento. Como último favor, rogou aos seus algozes que fosse pregado na cruz de cabeça para baixo. O pedido foi atendido, e desta maneira morreu o grande apóstolo Pedro. -- The Review and Herald, 26 de Setembro de 1912. Ver também Atos dos Apóstolos, 537, 538. O idoso apóstolo em Patmos CId 171 1 Mais de meio século havia passado desde a organização da igreja cristã. Durante esse tempo a mensagem do evangelho tinha sofrido constante oposição. Seus inimigos jamais afrouxaram os esforços, e afinal alcançaram êxito em arregimentar o poder do imperador romano contra os cristãos. CId 171 2 Na terrível perseguição que se seguiu, o apóstolo João muito fez para confirmar e fortalecer a fé dos crentes. Ele deu um testemunho que seus adversários não puderam controverter, e que ajudou seus irmãos a enfrentar com lealdade e coragem as provas que lhes sobrevieram. Quando a fé dos cristãos lhes parecia vacilar sob a feroz oposição que eram forçados a enfrentar, o velho e provado servo de Jesus lhes repetia com poder e eloquência a história do Salvador crucificado e ressurgido. Mantinha firmemente a fé, e de seus lábios brotava sempre a mesma alegre mensagem: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida... o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos." 1 João 1:1-3. CId 171 3 João alcançou avançada idade. Testemunhou a destruição de Jerusalém e a ruína do majestoso templo. Último sobrevivente dos discípulos que haviam estado intimamente ligados com o Salvador, sua mensagem teve grande influência em estabelecer o fato de que Jesus é o Messias, o Redentor do mundo. Ninguém poderia duvidar de sua sinceridade, e através de seus ensinos muitos foram levados a deixar a incredulidade. CId 172 1 Os príncipes dos judeus encheram-se de ódio atroz contra João por sua inamovível fidelidade à causa de Cristo. Declararam que de nada valeriam seus esforços contra os cristãos enquanto o testemunho de João soasse aos ouvidos do povo. Para que os milagres e ensinos de Cristo fossem esquecidos, a voz da ousada testemunha teria de ser silenciada. CId 172 2 João foi por conseguinte convocado a Roma para ser julgado por sua fé. Aqui perante as autoridades, as doutrinas do apóstolo foram deturpadas. Falsas testemunhas acusaram-no de ensinar sediciosas heresias. Por essas acusações esperavam seus inimigos levar em breve o discípulo à morte. CId 172 3 João respondeu por si de maneira clara e convincente, e com tal simplicidade e candura que suas palavras tiveram efeito poderoso. Seus ouvintes ficaram atônitos com sua sabedoria e eloqüência. Porém, quanto mais convincente seu testemunho, mais profundo era o ódio de seus opositores. O imperador Domiciano estava cheio de ira. Não podia contrafazer as razões do fiel advogado de Cristo, nem disputar o poder que lhe acompanhava a exposição da verdade; determinou, contudo, fazer silenciar sua voz. CId 172 4 João foi lançado dentro de um caldeirão de óleo fervente; mas o Senhor preservou a vida de Seu fiel servo, da mesma maneira como preservara a dos três hebreus na fornalha ardente. Ao serem pronunciadas as palavras: "Assim pereçam todos os que crêem nesse enganador, Jesus Cristo de Nazaré", João declarou: "Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para salvar o mundo. Considero uma honra o ser-me permitido sofrer por Seu amor. Sou um homem pecador e fraco. Cristo era santo, inocente, incontaminado. Não pecou nem se achou engano em Sua boca." Estas palavras exerceram sua influência, e João foi retirado do caldeirão pelos mesmos homens que ali o haviam lançado. CId 173 1 De novo a mão da perseguição caiu pesadamente sobre o apóstolo. Por decreto do imperador foi João banido para a ilha de Patmos, condenado "por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". Apocalipse 1:9. Aqui, pensavam seus inimigos, sua influência não mais seria sentida, e ele morreria, afinal, pelas privações e sofrimentos. CId 173 2 Pela aparência externa, os inimigos da verdade estavam triunfando, mas, sem ser vista, a mão de Deus estava se movendo na escuridão. Deus permitiu que Seu fiel servo fosse posto onde Cristo lhe pudesse dar a mais maravilhosa revelação de Si mesmo e da divina verdade para o esclarecimento das igrejas. Exilando João, os inimigos da verdade tiveram a esperança de silenciar para sempre a voz do fiel discípulo; mas em Patmos ele recebeu a mensagem, cuja influência seus inimigos não poderiam destruir, e que deveria continuar a fortalecer a igreja até o fim do tempo. Embora não fossem eximidos da responsabilidade dos seus maus atos, os que exilaram João serviram de instrumento nas mãos de Deus para levar avante Seu propósito; o exato esforço para extinguir a luz colocou a verdade num pedestal ousado. CId 174 1 Patmos, uma ilha árida e rochosa no mar Egeu, havia sido escolhida pelo governo romano para banimento de criminosos; mas para o servo de Deus sua solitária habitação tornou-se a porta do Céu. Aqui, afastado das cansativas cenas da vida, e dos ativos labores dos primeiros anos, ele teve a companhia de Deus, de Cristo e dos anjos celestiais, e deles recebeu instrução para a igreja por todo o tempo futuro. Os eventos que teriam lugar nas cenas finais da história deste mundo foram esboçados perante ele; e ali escreveu as visões recebidas de Deus. Quando sua voz não mais podia testificar dAquele a quem amara e servira, as mensagens que foram dadas nessa costa desolada deviam avançar como uma lâmpada que arde, declarando o seguro propósito do Senhor concernente a cada nação da Terra. CId 174 2 Entre as rochas e recifes de Patmos, João manteve comunhão com seu Criador. Recapitulou sua vida passada, e ao pensamento das bênçãos que havia recebido, a paz encheu-lhe o coração. Ele vivera a vida de um cristão, e pudera dizer com fé: "Sabemos que passamos da morte para a vida." 1 João 3:14. Não assim o imperador que o banira. Este olharia para trás e encontraria apenas campos de batalha e carnificina, lares desolados, lágrimas de órfãos e viúvas, o fruto de seu ambicioso desejo de proeminência. CId 174 3 Em seu isolado lar, João estava habilitado a estudar mais intimamente do que nunca as manifestações do poder divino como reveladas no livro da natureza e nas páginas da Inspiração. Era para ele um deleite meditar sobre a obra da criação, e adorar o divino Arquiteto. Em anos anteriores seus olhos tinham-se deleitado na contemplação dos morros cobertos de florestas, dos verdes vales e frutíferas planícies; e nas belezas da natureza sempre se deleitara em considerar a sabedoria e habilidade do Criador. Agora estava circundado por cenas que poderiam parecer a muitos melancólicas e desinteressantes; mas para João representavam outra coisa. Embora o cenário que o rodeava fosse desolado e árido, o céu azul que o cobria era tão luminoso e belo como o céu de sua amada Jerusalém. Nas rochas rudes, e ermos, nos mistérios dos abismos, nas glórias do firmamento lia ele importantes lições. Tudo trazia mensagem do poder e glória de Deus. CId 175 1 Em tudo ao seu redor via o apóstolo testemunhas do dilúvio que inundara a Terra porque seus habitantes se aventuraram a transgredir a lei de Deus. As rochas que foram lançadas da Terra e do grande abismo pelo irromper das águas, traziam-lhe vividamente ao espírito os terrores daquele terrível derramamento da ira de Deus. Na voz de muitas águas -- abismo chamando abismo -- o profeta ouvia a voz do Criador. O mar, açoitado pela fúria de impiedosos ventos, representava para ele a ira de um Deus ofendido. As poderosas ondas, em sua terrível comoção, mantidas em seus limites por mão invisível, falavam do controle de um poder infinito. E em contraste considerava a fraqueza e futilidade dos mortais que, embora vermes do pó, gloriam-se em sua suposta sabedoria e força, e colocam o coração contra o Governador do Universo, como se Deus fosse igual a eles. As rochas lhe lembravam Cristo, a Rocha de sua fortaleza, em cujo abrigo podia ele refugiar-se sem temor. Do exilado apóstolo sobre o rochedo de Patmos subiam para Deus os mais ardentes anseios de alma, as mais ferventes orações. -- The Review and Herald, 5 de Setembro de 1912. Ver também Atos dos Apóstolos, 568-572. O melhor tempo da vida de João CId 176 1 A história de João fornece uma vívida ilustração de como Deus pode usar obreiros idosos. Quando João foi exilado para a ilha de Patmos, havia muitos que o consideravam como tendo passado do tempo de serviço, um caniço velho e quebrado, pronto para cair a qualquer momento. Mas o Senhor achou próprio usá-lo ainda. Embora banido das cenas de seus primeiros labores, ele não cessou de dar testemunho da verdade. Mesmo em Patmos fez amigos e conversos. Sua mensagem era de alegria, proclamava um Salvador ressurreto, que no Céu intercedia por Seu povo até que pudesse retornar e tomá-lo para Si mesmo. E foi depois de haver João encanecido na obra de seu Senhor que ele recebeu do Céu mais comunicações que durante todos os anos anteriores de sua vida. -- Atos dos Apóstolos, 573, 574. CId 176 2 Em sua idade avançada, João revelou a vida de Cristo na sua vida. Viveu até chegar aos quase cem anos, e constantemente repetia a história do Salvador crucificado e ressurreto. Os cristãos sofreram perseguições, e muitas vezes os mais jovens na experiência estiveram em perigo de perder sua firmeza em Cristo, mas o velho e experiente servo de Jesus manteve firmemente sua fé. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:947. Conforto advindo das experiências de personagens Bíblicos CId 176 3 Na experiência do apóstolo João sob a perseguição, há para o cristão uma lição de maravilhosa fortaleza e conforto. Deus não impede a trama dos ímpios, mas faz que suas armadilhas contribuam para o bem daqueles que em prova e conflito mantêm sua fé e lealdade. Não raro o obreiro do evangelho efetua sua obra em meio a tempestades de perseguições, oposição atroz e acusações injustas. Em tais ocasiões lembre-se ele de que a experiência por alcançar na fornalha da prova e da aflição paga todas as penas de seu preço. Assim traz Deus Seus filhos próximo de Si, para que lhes possa mostrar Sua fortaleza e a fraqueza deles. Ele os ensina a arrimarem-se nEle. Dessa forma prepara-os para enfrentar as emergências, ocupar posições de responsabilidades e realizar o grande propósito para o que lhes foram dadas as faculdades. CId 177 1 Em todas as épocas as testemunhas designadas por Deus se têm exposto às perseguições e ao desprezo por amor à verdade. José foi caluniado e perseguido por haver preservado sua virtude e integridade. Davi, o mensageiro escolhido de Deus, foi caçado como um animal feroz por seus inimigos. Daniel foi lançado na cova dos leões por ser leal ao seu concerto com o Céu. Jó foi destituído de suas posses terrestres e ferido no corpo de tal maneira que o desprezaram os próprios parentes e amigos; contudo manteve sua integridade. Jeremias não pôde ser impedido de falar as palavras que Deus lhe ordenara; e seu testemunho de tal maneira enfureceu o rei e os príncipes que o atiraram num poço asqueroso. Estêvão foi apedrejado por haver pregado a Cristo, e Este crucificado. Paulo foi encarcerado, açoitado, apedrejado e finalmente entregue à morte por ter sido fiel mensageiro de Deus aos gentios. E João foi banido para a ilha de Patmos "por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". Apocalipse 1:9. CId 178 1 Esses exemplos de humana firmeza dão testemunho da fidelidade das promessas de Deus -- de Sua permanente presença e mantenedora graça. Testificam do poder da fé para enfrentar os poderes do mundo. É obra de fé repousar em Deus na hora mais escura, sentir, embora dolorosamente provado e sacudido pela tempestade, que nosso Pai está ao leme. Somente os olhos da fé podem ver para além das coisas temporais e apreciar com acerto o valor das riquezas eternas. -- The Review and Herald, 12 Setembro de 1912. Ver também Atos dos Apóstolos, 574-576. A vida apóstata de Salomão CId 178 2 A vida de Salomão está cheia de advertências, não só para os jovens, mas também para os maduros em anos e para os idosos, para os que estão descendo a colina da vida e se defrontando com o sol do ocidente. ... CId 178 3 Quando Salomão deveria ter sido resistente como um carvalho no seu caráter, da sua firmeza, caiu sob o poder da tentação. Quando sua força deveria ter sido a mais firme, demonstrou-se o mais fraco dos homens. CId 178 4 De exemplos como este, deveríamos aprender que vigilância e oração são a única segurança tanto para jovens como para velhos. Satanás vai moldar as circunstâncias de tal maneira que, a menos que sejamos mantidos pelo divino poder, imperceptivelmente elas irão solapando as fortificações da alma. Em cada passo, devemos perguntar: "É este o caminho do Senhor?" CId 178 5 Enquanto durar a vida, há necessidade de guardar as afeições e as paixões com um firme propósito. Há corrupção interior e há tentações exteriores; e, onde a obra de Deus deve avançar, Satanás planeja de ta maneira as circunstâncias que as tentações vêem de forma irresistível sobre a alma. Não podemos nos considerar seguros um momento sequer, a menos que confiemos em Deus e escondamos a vida com Cristo em Deus. CId 179 1 Não obstante as admoestações contidas na Palavra de Deus e nos testemunhos do Seu Espírito, muitos fecham seus olhos ao perigo e andam pelos seus próprios caminhos, enfatuados, iludidos por Satanás até caírem nas suas tentações. Depois, abandonam-se ao desespero. Essa foi a história de Salomão; porém, mesmo para ele houve ajuda. Arrependeu-se realmente da sua vida de pecados e encontrou auxílio. CId 179 2 Ninguém se arrisque no pecado como ele o fez, esperando que também possa se recuperar. Pode-se condescender com o pecado apenas com o perigo de uma perda infinita. Contudo, ninguém que caiu precisa entregar-se ao desespero. Homens idosos, uma vez honrados por Deus, podem ter maculado a alma, sacrificando a virtude no altar da luxúria, mas existe esperança para eles se se arrependerem, abandonarem o pecado e se voltarem para Deus. CId 179 3 No caso de Salomão, a aplicação errada de talentos nobres serve de exemplo para todos. ... Sua história permanece como um sinal de advertência para que jovens e velhos aprendam o resultado certo dos desvios dos caminhos do Senhor. CId 179 4 Salomão agiu em oposição direta à vontade do Senhor. Deus o fez depositário das verdades sagradas, mas ele se demonstrou infiel nesta santa confiança. Más relações corrompem bons costumes. Fez alianças políticas com reinos pagãos, especialmente com o Egito e a Fenícia. Um passo errado leva a outro. Através das relações que manteve com esses povos, as práticas pagãs deles se lhe tornaram menos abomináveis e, finalmente, os costumes sensuais e as mais tenebrosas adorações foram levados para a Palestina. As apuradas sensibilidades de Salomão ficaram embotadas e sua consciência, chamuscada. Tornou-se fraco e vacilante. A justiça dos primeiros anos do seu reinado deu lugar à tirania. Outrora guardião do seu povo, transformou-se em déspota. Para sustentar suas extravagâncias e devassidão, impôs esmagadores impostos aos pobres. CId 180 1 Aquele que na dedicação do Templo, dissera ao seu povo: "Seja perfeito o vosso coração para com o Senhor, nosso Deus" (1 Reis 8:61), tornou-se, ele mesmo, um ofensor. Negou suas próprias palavras no coração e na vida. Confundiu licenciosidade com liberdade. Experimentou, mas a que custo, unir a luz com as trevas, Cristo com Belial, pureza com impureza, o bem com o mal. Devemos dar atenção à advertência e evitar a primeira aproximação dos pecados que derrotaram aquele que foi chamado o mais sábio dos homens? -- Carta 8b, 1891. A fraqueza de Salomão, um sinal de advertência CId 180 2 De Salomão, dizem os registros inspirados: "Suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor, seu Deus". 1 Reis 11:4. CId 180 3 Esse não é um assunto para ser tratado com sorrisos. O coração que ama Jesus não deseja as afeições ilícitas de outro. Toda necessidade é suprida em Cristo. Essa afeição superficial é do mesmo caráter daquele prazer exaltado que Satanás prometeu para Eva. É cobiçar o que Deus proibiu. Quando for tarde demais, centenas podem advertir outros a não se arriscarem sobre o precipício. Intelecto, posição e riqueza não podem nunca, nunca, tomar o lugar das qualidades morais. Mais do que pepitas do ouro de Ofir, o Senhor aprecia as mãos limpas, o coração puro e nobre, e a sincera devoção a Deus. CId 181 1 A má influência tem um poder perpetuador. Gostaria de pôr esse assunto diante do povo que guarda os mandamentos de Deus tal como ele me foi apresentado. Que a triste lembrança da apostasia de Salomão advirta toda alma para que evite o mesmo precipício. Sua fraqueza e pecado são transmitidos de geração em geração. O maior rei que já empunhou um cetro, de quem se disse que era o amado de Deus, por meio de afeições deslocadas ficou contaminado e lamentavelmente se afastou do seu Deus. O mais poderoso governante da Terra falhou no governo das suas próprias paixões. Salomão pode ter sido salvo "como que do fogo", mas seu arrependimento não pôde apagar aqueles lugares altos nem demolir aquelas pedras que permaneceram como evidências dos seus crimes. Desonrou a Deus, preferindo ser controlado pela luxúria a ser participante da natureza divina. CId 181 2 Que legado a vida de Salomão confiou aos que querem usar seu exemplo para encobrir suas próprias ações desprezíveis. Transmitimos uma herança ou para o bem, ou para o mal. Serão nossa vida e nosso exemplo uma bênção ou uma maldição? Ao contemplar nossas sepulturas, dirá alguém: "Ele me arruinou" ou "Ele me salvou"? ... CId 181 3 A lição que pode ser aprendida da vida de Salomão tem um significado especial para a vida dos idosos, daqueles que não mais sobem as montanhas, mas as descem no rumo do sol poente. Podemos esperar ver defeitos no caráter dos jovens que não são controlados pelo amor e pela fé em Jesus Cristo; vemos jovens balançando entre o certo e o errado, vacilando entre princípios fixos e a quase irresistível corrente do mal que está levando seus pés para a ruína; mas dos maduros na idade esperamos melhores coisas. Esperamos que seu caráter seja firme, seus princípios enraizados e que eles fiquem fora do perigo da poluição. CId 182 1 O caso de Salomão está diante de nós como um sinal de advertência. Quando você, peregrino idoso que combateu as batalhas da vida, pensar que irá resistir, cuide para que não caia. Como Salomão, naturalmente ousado, firme e determinado, foi fraco e de caráter vacilante, sacudido pelo vento qual um caniço, sob o poder da tentação! Ele, que era um velho e nodoso cedro do Líbano, um resistente carvalho de Basã, foi dobrado pelas rajadas da tentação! Que lição para todos os que quiserem salvar a alma: vigiar e orar continuamente! Que advertência para conservar a graça de Cristo no coração e para combater a corrupção interna e as tentações externas! -- The S.D.A. Bible Commentary 2:1031, 1032. Celebridade mundana versus integridade divina CId 182 2 Tem-se dito dos homens de cabelos brancos que não há perigo deles recuarem do posto do dever, mas, no caso de Salomão, sabemos que, quando ficou velho, perdeu sua ligação com Deus. E por quê? -- Porque correu atrás de fama, honra e riquezas deste mundo; porque tomou esposas dentre as nações idólatras e porque aliou-se com essas nações. É verdade que, por meio dessas alianças, trouxe ouro de Ofir e prata de Tarsis, mas foi a expensas da virtude, de princípios e da integridade de caráter. CId 183 1 Através de toda a história da nação judaica, vemos que o povo de Deus, fossem velhos ou jovens, devia conservar-se diferente e separado das nações idólatras que o rodeavam. Deus tem um povo hoje, e é necessário que agora, como antigamente, este Seu povo seja diferente e separado, puro e imaculado do mundo, do seu espírito e da sua influência porque este estabelece padrões opostos aos da verdade e da justiça. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1887. Influência para o bem e para o mal CId 183 2 O arrependimento de Salomão foi sincero; mas o dano que o exemplo de suas más práticas produzira não podia ser desfeito. Durante sua apostasia, houve no reino homens que permaneceram fiéis a seu encargo, mantendo sua pureza e lealdade. Muitos, porém, foram levados a se transviarem; e as forças do mal postas em operação pela introdução da idolatria e práticas mundanas não poderiam facilmente ser detidas pelo penitente rei. Sua influência para o bem fora grandemente enfraquecida. Muitos hesitavam em depositar inteira confiança em sua guia. Embora o rei confessasse o seu pecado, e escrevesse, para benefício das futuras gerações o registro de sua estultícia e arrependimento, não poderia ele jamais esperar destruir completamente a danosa influência de suas obras más. Encorajados por sua apostasia, muitos continuaram a praticar o mal, e o mal somente. E na conduta descendente de muitos dos príncipes que o seguiram, pode ser assinalada a má influência que levou à prostituição das faculdades que Deus lhe dera. ... CId 184 1 Entre as muitas lições ensinadas pela vida de Salomão, nenhuma é mais fortemente salientada que o poder da influência para o bem ou para o mal. Restrita como possa ser nossa esfera de ação, ainda exercemos uma influência para bem-estar ou aflição. Além de nosso conhecimento ou controle, ela atua sobre outros na forma de bênção ou maldição. Pode estar carregada com a melancolia do descontentamento e egoísmo, ou envenenada com a infecção mortal de algum pecado acariciado; ou pode estar saturada com o vivificante poder da fé, coragem e esperança, e dulcificada com a fragrância do amor. Mas ela será poderosa, sem dúvida, para o bem ou para o mal. -- Profetas e Reis, 84, 85. ------------------------Apêndice A Textos Bíblicos que ajudam os idosos CId 185 1 E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Gênesis 15:15. CId 185 2 Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. Levítico 19:32. CId 185 3 Tomou o rei Roboão conselho com os homens idosos que estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais que se responda a este povo? CId 185 4 Eles lhe disseram: Se, hoje, te tornares servo deste povo, e o servires, e, atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre. CId 185 5 Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com ele e o serviam. ... CId 185 6 Dura resposta deu o rei ao povo, porque desprezara o conselho que os anciãos lhe haviam dado; e lhe falou segundo o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai fez pesado o vosso jugo, porém eu ainda o agravarei; meu pai vos castigou com açoites: eu, porém, vos castigarei com escorpiões. ... CId 185 7 Assim, Israel se mantém rebelado contra a casa de Davi, até ao dia de hoje. 1 Reis 12:6- 8, 13, 14, 19. CId 185 8 Está a sabedoria com os idosos, e, na longevidade, o entendimento. Jó 12:12. CId 186 1 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo, o Teu bordão e o Teu cajado me consolam. Salmos 23:4. CId 186 2 Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares. Salmos 71:9. CId 186 3 Agora que estou velho, e os meus cabelos ficaram brancos, não me abandones, ó Deus. Fica comigo enquanto anuncio o Teu poder e a Tua força a este povo e aos seus descendentes. Salmos 71:18 (NTLH). CId 186 4 Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado. ... CId 186 5 Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio. Salmos 90:10, 12. CId 186 6 Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nEle não há injustiça. Salmos 92:14, 15. CId 186 7 Louvai ao Senhor da terra, ... CId 186 8 Rapazes e donzelas, velhos e crianças. CId 186 9 Louvem o nome do Senhor, porque só o Seu nome é excelso; a Sua majestade é acima da terra e do céu. Salmos 148:7, 12, 13. CId 186 10 Coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são os pais. Provérbios 17:6. CId 186 11 O ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs. Provérbios 20:29. CId 186 12 É maravilhoso viver! Eclesiastes 11:7 (BV). CId 187 1 Ainda que o homem viva muitos anos, regozije-se em todos eles, contudo, deve lembrar-se de que há dias de trevas, porque serão muitos. Eclesiastes 11:8. CId 187 2 Lembre-se do seu Criador enquanto você ainda é jovem, antes que venham os dias maus e cheguem os anos em que você dirá: "Não tenho mais prazer na vida." CId 187 3 Lembre-se dEle antes que chegue o tempo em que você achará que a luz do sol, da lua e das estrelas perdeu o seu brilho e que as nuvens de chuvas nunca vão embora. CId 187 4 Então os seus braços, que sempre o defenderam, começarão a tremer, e as suas pernas, que agora são fortes, ficarão fracas. Os seus dentes cairão, e sobrarão tão poucos, que você não conseguirá mastigar a sua comida. A sua vista ficará tão fraca, que você não poderá mais ver as coisas claramente. CId 187 5 Você ficará surdo e não poderá ouvir o barulho da rua. Você quase não conseguirá ouvir o moinho moendo ou a música tocando. E levantará cedo, quando os passarinhos começam a cantar. CId 187 6 Então você terá medo de lugares altos, e até caminhar será perigoso. Os seus cabelos ficarão brancos, e você perderá o gosto pelas coisas. CId 187 7 Nós estaremos caminhando para o nosso último descanso; e, quando isso acontecer, haverá gente chorando por nossa causa nas ruas. CId 187 8 A vida vai se acabar como uma lamparina de ouro cai e quebra, quando a sua corrente de prata se arrebenta, ou como um pote de barro se despedaça quando a corda do poço se parte. Então o nosso corpo voltará para o pó da terra, de onde veio, e o nosso espírito voltará para Deus, que o deu. ... CId 187 9 De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: Tema a Deus e obedeça aos Seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. CId 187 10 Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizermos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal. Eclesiastes 12:1-7, 13, 14 (NTLH). CId 188 1 É na conversão e na calma que está a vossa salvação; é no repouso e na confiança que reside a vossa força. Isaías 30:15 (CBC). CId 188 2 Até os adolescentes podem esgotar-se, e jovens robustos podem cambalear, mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar. Isaías 40:30, 31 (CBC). CId 188 3 E, quando ficarem velhos, Eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos brancos. Eu os criei e os carregarei; Eu os ajudarei e salvarei. Isaías 46:4 (NTLH). CId 188 4 E acontecerá, depois, que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões. Joel 2:28. CId 188 5 Se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz. Miquéias 7:8. CId 188 6 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém sentar-se-ão velhos e velhas, levando cada um na mão seu arrimo, por causa da sua muita idade. CId 188 7 As praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. Zacarias 8:4, 5. CId 188 8 Haverá luz à tarde. Zacarias 14:7. CId 188 9 Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel. CId 188 10 Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor. CId 189 1 E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, sendo eles avançados em dias. ... CId 189 2 E eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso. CId 189 3 Vendo-o, Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor. CId 189 4 Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará á luz um filho, a quem darás o nome de João. ... CId 189 5 Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo: CId 189 6 Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o Seu povo. Lucas 1:5-7, 11-13, 67, 68. CId 189 7 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. CId 189 8 Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. CId 189 9 Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: CId 189 10 Agora, Senhor, podes despedir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra; porque os meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: Luz para revelação aos gentios e glória para o Teu povo de Israel. Lucas 2:25-32. CId 190 1 Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. CId 190 2 E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém. Lucas 2:36-38. CId 190 3 Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. CId 190 4 Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e aos seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada. Tito 2:2-5. CId 190 5 Portanto, tomem um novo vigor para as suas mãos cansadas, e firmem-se em suas pernas trêmulas, e tracem um caminho reto e plano para os seus pés para que aqueles que seguem vocês, embora fracos e mancos, não caiam nem se firam, mas sim tornem-se fortes. Hebreus 12:12, 13 (NTV). ------------------------Apêndice B Um breve resumo das atividades de Ellen G. White após os 65 anos 1893 CId 191 1 Em Janeiro, viveu no George's Terrace, em Melbourne. Trabalhou na área de Melbourne na escola e na casa publicadora e nas igrejas da região. De 6-15 de Janeiro, assistiu à quinta sessão anual da Associação Australiana, em North Fitzroy, Melbourne. Em 26 de Janeiro, partiu para Sydney, em caminho para a Nova Zelândia, acompanhada de Emília Campbell e do Pastor Starr e senhora. Ficou durante uma semana com a igreja de Parramatta, perto de Sydney, onde falou cinco vezes. Embarcou para a Nova Zelândia em 4 de Fevereiro; desembarcou em Auckland em 8 de Fevereiro, onde gastou 12 dias trabalhando para a igreja de lá; partiu para Kaeo em 20 de Fevereiro, lá chegando no dia 22, e trabalhou até 15 de Março, hospedando-se na residência de José Hare. Voltou para Auckland em 17 de Março, seguindo para Napier, onde assistiu a uma reunião campal de obreiros de 22 de Março a 6 de Abril. Em 2 de Abril teve encontros em Hastings e, depois das reuniões de Napier, trabalhou com os guardadores do sábado em Palmerston North. CId 191 2 Fixou residência em Wellington, na casa do Sr. Tuxford, do princípio de Abril até meados de Agosto, tratando dos dentes, escrevendo e trabalhando nos lugares próximos -- Mentone, Petone e Paremata (com a família Brown). De meados de Agosto até Setembro, fazendo de Hastings sua sede, trabalhou alternadamente nas igrejas de Hastings e Napier; teve também compromissos em Ormondsville e Norsewood. Gastou algumas semanas em Gisborne. Voltou para Wellington no fim de Novembro, para a segunda reunião campal da Nova Zelândia -- "três semanas de intenso trabalho". Em 14 de Dezembro partiu para Sydney, falando na igreja de Auckland na sexta-feira à tardinha e no sábado, antes de sair de lá; viagem turbulenta, nada escreveu. Em 22 de Dezembro, chegou a Sydney e dirigiu-se às pressas para Melbourne a fim de assistir à primeira reunião campal da Austrália, que começou em 29 de Dezembro. 1894 CId 192 1 No início do ano, esteve na reunião campal de Middle Brighton, em Melbourne. Trabalhou na reunião de obreiros, na reunião campal e nas sessões da União Australiana até fins de Janeiro, voltando para a escola (em George's Terrace) para tratamentos em dias alternados. Em George's Terrace, trabalhou de Fevereiro até fins de Março, visitando igrejas da região -- Williamstown, North Brighton, Prahan e George's Terrace. Em 27 de Março, mudou-se de Melbourne para Granville, perto de Sydney. Trabalhou com os crentes na área de Sydney -- Parramatta, Kellyville, Seven Hills, cidade de Sydney, Castle Hill e Granville. Em fins de maio, visitou Dora Creek, local que estava sendo considerado para uma escola. CId 192 2 Na última semana de Junho, mudou-se do seu primeiro lar em Granville para outro, em Norfolk Ville, e continuou seus trabalhos nas igrejas vizinhas. Visitou Cooranbong no fim de Agosto; agradou-se com o lugar para a escola. Possível volta de May Walling para os Estados Unidos, em conexão com o processo Walling. Em Outubro, trabalhou na segunda reunião campal australiana, em Ashfield, um subúrbio de Sydney. Foi a Pennant Hills para falar numa reunião em 25 de Novembro, que era o início de uma série de outras. Reabriu-se o assunto do local para a escola que já se dava como resolvido e, em 13 de Dezembro, ela foi chamada para Fairlight, para ver uma outra possível localização que foi julgada impraticável. Muitos hóspedes ficaram em sua casa, em Granville -- obreiros que vinham se aconselhar ou que estavam passando de viagem para Cooranbong. Em 1894 foi publicado o Christian Education. 1895 CId 193 1 Norfolk Villa, Granville. Levou provisões para a família James. Deu uma ajuda a estrangeiros que precisavam de carona e "teve um relacionamento muito agradável". Parou sua carruagem, enquanto Emília desceu para separar duas meninas que "brigavam que nem cachorros". Tentativa de vender a propriedade de Battle Creek. No sábado, 12 de Janeiro, falou em Ashfield, jantou com os irmãos Corliss e, depois, foi para Sydney, onde leu as palavras que o Senhor lhe dera, dirigidas aos irmãos Hardy e Humphrey e, em Sydney, apresentou a carência da verdade, o mal do criticismo, etc. "Falou francamente"; a reunião durou até às 6 da tarde. Chegou em casa pelas 8 da noite, muito cansada e com o coração pesado. Em 14 de Janeiro, na companhia de May Lacey e Maude Camp, foi a Cooranbong para visitar meninas que aprendiam a costurar com a irmã Rousseau. Ficou em casa, em Granville, até fins de Dezembro de 1895. Exausta do trabalho quando o ano começou -- trabalho e quase contínua companhia. CId 194 1 De 14-23 de Janeiro, acompanhada de May Lacey e Maud Camp, visitou Cooranbong (agora escolhido como local da escola), para descansar. Continuou seus trabalhos entre as igrejas -- Ashfield (onde, em Janeiro, se realizavam reuniões em tenda), Sydney, Petersham, Prospect, Parramatta. Deixou Granville em 11 de Abril, passou o sábado em Melbourne e navegou para a Tasmânia em 16 de Abril, acompanhada de May Lacey. W.C.W. as precedeu e encontraram-se em Hobart. Hospedou-se no lar de Lacey e cumpriu compromissos em Hobart e Bismark. CId 194 2 W.C.W. e May Lacey casaram-se na residência de Lacey em 9 de Maio e, com E.G.W., partiram naquela noite para Launceston, onde E.G.W. falou tanto no sábado como no domingo. (Ella e Mabel White chegaram em Sydney em aproximadamente 5 de maio.) Voltou para Melbourne em 14 ou 15 de Maio e gastou o restante do mês em trabalhos na região -- em Williamstown, Brighton, North Fitzroy, Hawthorne. De volta para casa em Granville durante Junho, falou aos sábados e domingos na região, viajando várias milhas para cumprir esses compromissos. Por esse tempo, Canterbury foi acrescentada à lista. A maior parte destas reuniões foi realizada em salões ou tendas, mas logo se fizeram esforços para construir igrejas. CId 194 3 Com W.C.W. e esposa, e Ella e Mable, em 1 de Julho foi para Cooranbong, para descansar. Falou nos sábados 6 e 13 de Julho. Comprou do colégio um terreno de 40 acres com o propósito de fazer nele sua residência. Voltou para Granville em meados de Julho, mas estava de volta em Cooranbong na maior parte de Agosto, morando numa tenda, supervisionando a plantação do seu pomar e tratando de construir sua nova casa. CId 194 4 No princípio de Setembro, voltou para Granville. Muito cansada. Sara McEnterfer chegou dos Estados Unidos em 15 de Outubro. A despeito da fraqueza, continuou seus trabalhos na região de Sydney e, de 18 de Outubro a 21 de Novembro, colaborou na terceira reunião campal australiana, em Armadale, Melbourne e, em Dezembro, na reunião campal tasmaniana, em Hobart. Em 20 de Dezembro, voltou para casa, em Granville, e chegou em seu novo lar, em Avondale, Cooranbong, no dia 25. A família consistia de Marian Davis, Sara M., Maggie Hare, May Israel, Sarah Belden, Edith Ward, o irmão Connell e E.G.W. Planejou-se uma construção temporária para W.C.W. e família. 1896 CId 195 1 No seu novo lar em Cooranbong ("Sunnyside") a maior parte do ano foi gasta em escrever, falar e em aconselhamento com os obreiros a respeito do desenvolvimento da escola. Visitou Sydney em Março e falou na igreja de Ashfield; também em Setembro. Em Outubro, assistiu à reunião campal de Adelaide e nela trabalhou, acompanhada de W.C.W. e Sara M. Em caminho para Adelaide, falou em Newtown e Ashfield. Com Sara M. e o Pastor Haskell, deixou Adelaide em 19 de Outubro. Parou em Ballarat para um compromisso e, de lá, foi para Melbourne, onde ficou cerca de duas semanas, falando várias vezes nas igrejas da região, inclusive na "nova igreja" de Nort Fitzroy. CId 195 2 Em Novembro, colaborou na segunda reunião da Associação de New South Wales (da qual W.C.W. era presidente), em Ashfield. Voltou para "Sunnyside" no fim de Novembro, bem doente e sofreu muito durante duas semanas, sendo incapaz de assistir reuniões durante algum tempo. Falou ao povo do seu faetonte, ao ar livre, no último entardecer do ano. O Maior Discurso de Cristo e Christ Our Saviour foram publicados em 1896. 1897 CId 196 1 Em sua casa em "Sunnyside". Falou "no aposento em cima do moinho" no sábado, 2 de Janeiro (pela primeira vez desde sua enfermidade no fim de 1896). "Precisamos ter uma casa de reuniões", decidiu ela -- e inspirou interesses e esforços até que a casa de reuniões se tornou uma realidade. Planejando a construção de uma casa para a família de W.C.W. Aconselhamento com o irmão Semmens sobre uma Casa de Saúde. CId 196 2 Visitou Summer Hill (para aconselhamento com os irmãos Semmens e Haskell sobre a Casa de Saúde) e, em Fevereiro, compromissos para falar em Newtown e Ashfield -- todos na região de Sydney. Levando pesados encargos em conexão com a escola, aconselhando em muitos problemas, falando freqüentemente, etc. Também supervisionando a construção da casa da família W.C.W., enquanto ele estava nos Estados Unidos, para a reunião da Associação Geral. CId 196 3 Em Agosto, visitou novamente Summer Hill, Sydney, Ashfield e Newtown, falando e aconselhando e, em Setembro, esteve alguns dias em Summer Hill. Falou freqüentemente aos estudantes e, aos sábados, no "apinhado quarto superior". Em 16 de Outubro, falou na nova capela e, no dia 17, pronunciou a oração dedicatória desta nova capela -- um triunfo da fé. CId 196 4 Em 21-31 de Outubro, colaborou na reunião campal de Stanmore, perto de Sydney. Voltou para "Sunnyside" em 1 de Novembro, sentindo-se bastante mal. Profundamente interessada no trabalho em Stanmore, lá trabalhou novamente em 19-23 de Novembro, 3-6 e 17-27 de Dezembro. Em andamento, os planos para a construção de uma igreja, lá. Em 21 de Outubro, encontrou-se em Stanmore com W.C.W., que havia recém-chegado dos Estados Unidos, após uma ausência de 10 meses. Muitos doentes vieram em busca de auxílio; Sara M demonstrou ser uma verdadeira médica-missionária, respondendo a muitos pedidos de auxílio; por vezes, os doentes foram tratados na residência de E.G.W. 1898 CId 197 1 Em "Sunnyside", ocupou-se escrevendo e dando conselhos. Passou por um período de ansiedades, dores de cabeça e perplexidades com respeito às suas obrigações. "Sinto que devo ir para a América e dar meu testemunho novamente..." De 2-5 de Janeiro e de 27 de Janeiro a 2 de Fevereiro, colaborou novamente em Stanmore. Também falou em Ashfield, em 31 de Janeiro. Nessa ocasião, assistiu a um esforço evangelístico em Stanmore, realizado numa tenda. CId 197 2 Em Melbourne, desde fins de Fevereiro até princípio de Abril; falou 8 vezes na tenda, em Balaclava, 3 vezes na igreja de North Fitzroy e também para obreiros do escritório; cumpriu compromissos nos fins de semana em Geelong e em Ballarat. Trabalhou com dificuldade porque estava sofrendo de malária; mas, embora falasse com "voz fraca" no sábado em Ballarat, sentiu-se mais forte no domingo para falar num grande salão durante mais de uma hora e "não estava nada fraca". CId 197 3 Passou dois sábados na área de Sydney em Abril, onde foi dedicada a nova igreja de Stanmore no dia 23 (24?). Voltou para casa, em Sunnyside, em 25 de Abril depois de uma ausência de dois meses do seu "gostoso lar". Tinha falado 22 vezes e escrito bastante. Em Junho, colaborou na Semana de Oração, tanto em reuniões para os estudantes, como nas da igreja. Ocupou-se escrevendo e com outros assuntos O idoso irmão Tucker, que viveu na sua casa durante um ano e meio, lá faleceu em 24 de Junho. Aceitou compromissos para falar no fim de semana de 7-11 de Julho em Stanmore e, em 21-27 de Julho para lá voltou a fim de assistir às reuniões da Associação N.S.W. CId 198 1 Em 13-31 de Outubro, assistiu à reunião campal de Queensland e, depois, ficou alguns dias com a igreja de Rockhampton, embora estivesse fraca e doente (e a viagem não foi fácil). Cancelados os planos para parar em Toowoobamba e lá passar o fim de semana, voltando para Cooranbong e para casa, em 10 de Novembro, fraca e exausta, "mas, com tranqüilidade e repouso, ficarei forte novamente". Cumpriu compromissos em Awaba, em 20 de Novembro. Em 25 e 26 de Novembro falou aos estudantes e à igreja. Nos últimos dias de Dezembro, colaborou na reunião campal de Hamilton, Newcastle. O Desejado de Todas as Nações foi publicado em 1898. 1899 CId 198 2 Em 2 de Janeiro, permaneceu em Newcastle para o encerramento da reunião campal, ficando mais alguns dias para acompanhar os trabalhos. Estava muito cansada depois dessas reuniões, mas trabalhou em casa como pôde, escrevendo e aconselhando. Em Fevereiro (3-5 e 26), trabalhou de novo em Newcastle, voltando para Cooranbong no mesmo dia, depois de falar na tenda, às 3 da tarde. Ficou na sua casa, em "Sunnyside", a maior parte de Março e Abril, falando freqüentemente, inclusive ao ar livre em Dora Creek e Martinsville; ocupou-se também em escrever e com outros assuntos. Participou da dedicação do edifício principal da escola, em 16 de Abril. Em Abril, 21-23, e maio, 19-21, trabalhou em Newcastle e, no fim de maio, em Summer Hill e Stanmore. Pelo que tudo indica, trabalhou em casa durante os meses de Junho, Julho, Agosto e princípio de Setembro, cuidando dos seus deveres habituais. CId 199 1 Esteve na reunião da União Australiana, realizada na escola em Avondale. E.G.W. esteve muito doente durante uma semana, mas, assentada, falou no dia 17 de Julho. Falou novamente no dia 21. Em 8 de Setembro, foi para Maitland na companhia de W.C.W. e esposa, para se reunir com os Pastores Starr e Daniells na procura de um lugar para as reuniões campais. Em seguida, tomou o trem e foi para Strathfield, para o fim de semana. Voltou para "Sunnyside" em 10 de Setembro. Em meados de Setembro, cumpriu compromissos em Wallsend, Newcastle e, de 29 de Setembro a 2 de Outubro, esteve em Hamilton, Newcastle, quando foi aberta uma nova igreja. Em 3 de Outubro, viajou para Hornsby Junction com W.C.W. e alguns outros, a fim de examinar terrenos para a localização do Sanatório. CId 199 2 De 13 a 22 de Outubro, trabalhou na reunião campal de Toowoomba e, em fins de Outubro, visitou novamente o terreno para o Sanatório, perto de Hornsby Junction. Colaborou na reunião campal de Maitland de 14 a 30 de Novembro e, aparentemente, fez nova viagem para Maitland no fim de Novembro. Este era um dos lugares que contemplara em visão no ano anterior, quando orava, pedindo esclarecimentos. E.G.W. preocupava-se muito com o trabalho lá, onde ficou dois ou três fins de semana, em Dezembro. Nesse mês, falou várias vezes em Avondale. 1900 CId 199 3 No começo do ano, permaneceu no seu lar em "Sunnyside", estava muito cansada. Sentindo dores no olho esquerdo, escreveu com ele enfaixado. Com Sara M., foi para Summer Hill e, de lá, para o Sanatório, onde descansou de 4 a 19 de Janeiro. O descanso não demorou muito! Sentiu-se impressionada para ir até Maitland e, às 4 da manhã de 19 de Janeiro, acordou Sara e, cedo, embarcaram no trem para a Estação de Dora Creek, de onde, à tarde, foi para Maitland, para um fim de semana muito ocupado com reuniões. Visitou Maitland novamente em 9-12 de Fevereiro. Deixou "Sunnyside" em 7 de Março e, de 8 a 23, foi trabalhar nas reuniões campais de Geelong, Victoria. CId 200 1 Impressionada com o fato de que deveria voltar logo para a América, lutou muito em oração antes de se decidir a respeito. Na volta, ficou uma semana na região de Melbourne e, no sábado à tarde, falou na igreja de N. Fitzroy; em 27 de Março, chegou em "Sunnyside". Durante os quatro meses seguintes, não fez viagens longas, mas ocupou-se escrevendo, preocupando-se com muitos aspectos da obra, tanto na Austrália como na América. Trabalhou vários fins de semana em Maitland, Hamilton, Summer Hill e Parramatta. Temia deixar seu lar agradável e ir para a América, mas estava convencida de que deveria fazê-lo e, em Agosto, ocupou-se com os preparos para a viagem. No domingo, 26 de Agosto, realizou-se um culto de despedida na igreja de Cooranbong e, no dia 29, embarcou em Sydney a bordo do navio S. S. Moana, na companhia de W.C.W. e família, e Sara M. Chegou em São Francisco na sexta-feira à tarde, 21 de Setembro, e falou na igreja de Oakland no sábado à tarde. CId 200 2 Ficou em Oakland alguns poucos dias procurando casa e foi para Santa Helena no dia 27 de Setembro. CId 200 3 Lá, no Sanatório, soube de uma casa completamente mobiliada que estava à venda, seguramente o exato lugar que o Senhor preparara para ela, e "Elmshaven" ficou sendo sua residência até à morte. Ainda a bordo do navio, fora visitada "pelo anjo do Senhor", sendo-lhe dada a preciosa instrução e segurança de que o Senhor tinha um lugar preparado para ela. Assistiu a uma reunião campal em Napa e durante os últimos meses do ano trabalhou na região de Santa Helena, Oakland, São Francisco, Calistoga, Healdsburg, e na instalação do seu novo lar, pelo qual estava profundamente grata. Parábolas de Jesus, Testemunhos Sobre a Escola Sabatina e o volume 6 dos Testemunhos Para a Igreja foram publicados em 1900. 1901 CId 201 1 Voltou para "Elmshaven" em 31 de Dezembro de 1900, e esteve muito doente durante três semanas. Falou na capela do Sanatório em 19 de Janeiro. Preocupou-se em escrever -- preparando livros para publicação. Mais ou menos em 6 de Março, começou a viagem a Battle Creek para assistir às reuniões da Associação Geral. CId 201 2 No sábado, 6 de Março, falou na igreja de Los Angeles; à tarde, ficou muito doente, perdendo a consciência durante horas, mas o Senhor a susteve e ela continuou sua viagem acompanhada de W.C.W., Sara M. e outros. CId 201 3 Permaneceu alguns dias com seu filho Edson no Morning Star, em Vicksburg, e falou no sábado e no domingo quando a igreja foi dedicada; em Nashville, encontrou-se com Emma White, e também falou aos crentes; no sábado e domingo ficou em Chicago, onde falou no sábado, e também aos estudantes de medicina no domingo. De Chicago, dirigiu-se para as sessões da Associação Geral, em Battle Creek, onde esteve muito ocupada. "Estas reuniões da Associação Geral foram de um trabalho muito cansativo para mim." Depois dessas reuniões, ficou alguns dias em Indianápolis para ajudar a resolver uma situação muito difícil lá -- o fanatismo da carne sagrada; nos dias 6 e 7, esteve com a igreja e os obreiros do Sanatório em Des Moines, Iowa; em 8 e 9 de maio, esteve em College View, Nebraska; cumpriu compromissos em Denver e Boulder, Colorado. Trabalhou nas reuniões campais da Upper Columbia, em Waitsburg, Washington, visitou Walla Walla e trabalhou na reunião campal em Portland, Oregon. CId 202 1 Voltou para Oakland em tempo de se encontrar com os Pastores Irwin e Salisbury antes de embarcarem para a Austrália em 30 de maio; de lá foi para seu lar em "Elmshaven", muito cansada e sofrendo de resfriado e da garganta. Assistiu à reunião campal realizada em Oakland, de 5 a 23 de Junho, falando 11 vezes. Também trabalhou na reunião campal de Los Angeles, em Agosto e, na volta, parou em Oakland para assistir às reuniões da Mesa Administrativa da Pacific Press. Cumpriu compromissos para falar em Healdsburg (inclusive, comparecimento na reunião de professores), ficando em Santa Rosa e Petaluma, bem como na região de Santa Helena durante os poucos meses seguintes. CId 202 2 Convencida de que tinha trabalhos para fazer no Leste, partiu para Nova Iorque em 6 de Novembro, chegando lá no dia 11, onde trabalhou durante aproximadamente duas semanas (inclusive um compromisso em Trenton, N. J.); ficou algum tempo no fim de Novembro e no princípio de Dezembro em Lancaster do Sul, submetendo-se a tratamentos no Sanatório; havia muitos convites para seu trabalho; mas, não se sentindo bem, de Lancaster do Sul, aparentemente foi direto para Nashville, para trabalhar nas sessões da South Union Conference, de 3 a 12 de Janeiro. Chegou em Nashville em meados de Dezembro. 1902 CId 202 3 Em Nashville, começou o ano muito doente, mas foi muito abençoada com uma reunião especial de oração em seu favor. Muito fraca para assistir às reuniões da União. Deixou Nashville aproximadamente em 12 de Janeiro. Passou várias horas em Chicago e foi levada de automóvel para o Sanatório de Hinsdale, onde submeteu-se a tratamentos. Chegou no seu lar de "Elmshaven" no dia 17 de Janeiro, grata por ter sua vida poupada. Nas semanas seguintes, melhorou gradativamente e continuou a escrever (mesmo doente). Experimentou sua voz, falando um pouco na igreja de Calistoga em 15 de Março. CId 203 1 No fim de Abril, visitou Oakland para "assistir a uma importante reunião". Falou várias vezes na reunião campal realizada em Petaluma, de 5 a 15 de Junho; também cumpriu vários compromissos para falar. Em sua viagem para o Sul, ficou o dia 10 de Setembro em Oakland; parou em Santa Bárbara para dar conselhos sobre o estabelecimento de um sanatório e um restaurante; foi a San Fernando para ver uma propriedade que poderia ser comprada para fundar uma escola. De 12 a 21 de Setembro, trabalhou na reunião campal de Los Angeles. Também visitou outros lugares possíveis para um sanatório. CId 203 2 Deixou L.A. em 24 de Setembro, indo para San Diego e, de lá, foi a Paradise Valley, para ver um local para um sanatório em perspectiva, e falou para os crentes no sábado de manhã e no domingo à noite. Voltou para L.A. e visitou Pasadena, onde o Dr. Evans tinha aberto salas de tratamento; esteve presente na abertura da escola em San Fernando. Em princípios de Outubro, trabalhou na reunião campal de Fresno e voltou para casa mais ou menos no dia 13. Preocupava-se muito em escrever e a sua mente ocupou-se também com muitos assuntos durante o restante do ano. O volume 7 dos Testemunhos Para a Igreja e o Manual Para Colportores foram publicados em 1902. 1903 CId 203 3 Na maior parte do ano, permaneceu em casa, escrevendo e ocupando-se, inclusive, de trabalhos locais. Profundamente angustiada com as condições em Battle Creek; e a vinda dos juízos de Deus (o Sanatório de B.C. incendiou-se em 18 de Fevereiro de 1902, e a Casa Publicadora da Review and Herald, em 30 de Dezembro do mesmo ano). Teve uma visão sobre o que poderia ter acontecido nas reuniões da Associação Geral de 1901. Trabalhou nas sessões da Associação em Oakland (também nas reuniões preparatórias), realizadas de 23 de Março a 13 de Abril. Arcou com fardos que sobrecarregaram sobremaneira suas forças. Depois dessas reuniões sentiu-se muito fraca, mas continuou a escrever e orava para que houvesse uma "humilhação dos corações orgulhosos diante do Senhor". CId 204 1 Assistiu aos serviços de encerramento das aulas do Healdsburg College e pronunciou o sermão de bacharelado em 30 de maio. Reuniu-se com a Mesa Administrativa do Colégio nos dias 6 e 7 de Junho. Em Agosto, falou aos professores reunidos numa reunião em Healdsburg e novamente visitou esse lugar, falando à Comissão da Associação da Califórnia, à Mesa Administrativa do Colégio e à Associação Médico-Missionária e de Benevolência da Califórnia. Angustiava-se muito com a influência do Templo Vivo e com a apostasia do Dr. Kellogg. Sua obra Educação foi publicada em 1903. 1904 CId 204 2 Nos primeiros meses do ano, ficou em "Elmshaven", escrevendo como lhe era possível e cumprindo compromissos locais. De 18 a 28 de Março, assistiu à segunda sessão bienal da União do Pacífico em Healdsburg. Em 18 de Abril, deixou Santa Helena com Sara M. e Maggie Hare. Fez escala em Mt. View a fim de ver o terreno escolhido para a PPPA, tomando, em seguida, o trem para uma viagem transcontinental, via L.A. Chegou em Washington em 24 de Abril, hospedando-se com seus obreiros numa confortável casa. Usou seu tempo aconselhando, fazendo sermões e escrevendo. Em 7 de maio, pronunciou o sermão de dedicação da Memorial Church. De 17 a 25 de maio, assistiu à segunda sessão bienal da Associação Lake Union em Berrien Springs, Michigan. CId 205 1 Com Edson, foi para Nashville; embora muito fraca, falou na igreja naquele sábado. Estava enferma e sentia-se incapaz de escrever muito; passou uma semana no S. S. Morning Star com Edson e Emma. De 17 a 22 de Junho, fez visitas em Graysville e Huntsville; em 6 de Julho, deixou Nashville e foi para Washington onde, muito fraca, trabalhou até 10 de Agosto. Passou alguns dias no Sanatório em Filadélfia e falou em duas tendas erigidas lá. Ficou duas semanas no Sanatório New England, em Melrose, Massachusetts, submetendo-se a tratamentos e falando aos enfermeiros e auxiliares, e também numa reunião campal a uma milha de distância. Melhorou de saúde. Escreveu várias vezes para Marian D., que estava doente no Sanatório de Santa Helena. Visitou Middletown, Connecticut, e falou quatro vezes na reunião campal em So. New Eng. (Marian D. faleceu em 25 de Outubro.) CId 205 2 Esteve no Sanatório de Battle Creek em 6-8 de Setembro, onde falou a pacientes, enfermeiros e auxiliares, e no Tabernáculo. Assistiu à última parte da reunião campal em Omaha, Nebraska, e ao Concílio da Mesa da Associação Geral, em College View, voltando para compromissos em B.C. de 28 de Setembro a 3 de Outubro. Partiu para a Califórnia em 3 de Outubro, fazendo escala, no sábado, em Reno; chegou na sua residência em "Elmshaven" no dia 9 de Outubro. No dia 28, partiu para o Sul da Califórnia. No sábado, cumpriu compromissos em Fresno e ficou alguns dias em Hanford, assistindo a reuniões lá e em Lemoore e Armona. De 3 a 7 de Novembro, passou o fim se semana em L.A., falando na tenda no sábado e no domingo. Esteve em San Diego de 7 a 28 de Novembro, doente e incapaz de falar muito, mas satisfeita com o progresso no preparo do Sanatório para ocupação. No princípio de Dezembro, visitou o Sanatório de Glendale, Redlands, Riverside, San Fernando e L.A., e regressou para "Elmshaven" mais ou menos em 19 ou 20 de Dezembro. O volume 8 do Testemunhos Para a Igreja foi publicado em 1904. 1905 CId 206 1 Assistiu a uma parte da Convenção de Livreiros em Mt. View, de 19 a 25 de Janeiro, falando várias vezes. Ocupou-se com os trabalhos finais dos livros A Ciência do Bom Viver e Testemunhos Para a Igreja, vol. 9, e preocupou-se com outros trabalhos já escritos, para serem publicados. No dia 1 de maio, casou-se a neta Ella com D. E. Robinson. Em 3 de maio, foi para Washington, para assistir às sessões da Associação Geral. Acompanhada de W.C.W. e esposa, e de Maggie Hare. Chegou em D.C. a 10 de maio; falou na reunião de abertura das sessões e mais 10 vezes durante elas; em 3 de Junho, falou também na igreja de Takoma Park. Em 7 de Junho, deixou D.C., de volta para a Califórnia. Ficou 10 dias no Sul da Califórnia, unindo-se ao aconselhamento sobre a propriedade de Loma Linda; também visitou San Diego, o Sanatório de Paradise Valley, e Glendale. CId 206 2 Assistiu à reunião campal de San José, onde falou cinco vezes. Voltou para "Elmshaven" mais ou menos em 4 de Julho; excessivamente ocupada em escrever. Em Agosto, assistiu à reunião campal do Sul da Califórnia; visitou Loma Linda, Glendale e o Sanatório de Paradise Valley, falando e aconselhando em cada lugar. Mais ou menos em 21 de Setembro, voltou para casa em "Elmshaven", e os meses restantes de 1905 foram gastos escrevendo e falando em compromissos locais. Muito sobrecarregada com vários interesses da obra e com seus escritos; preocupada com o preparo de muitos conselhos valiosos em seus arquivos a fim de serem publicados. Angustiava-se com o pensamento de que pudesse morrer e deixar inconclusas obras importantes. A Ciência do Bom Viver foi publicado em 1905. 1906 CId 206 3 No começo do ano, ficou em casa, ocupando-se em escrever. Muito preocupada com Battle Creek e muitos outros assuntos. Muitas vezes, em visões da noite, parecia-lhe estar em reuniões, dando conselhos ou testemunhando cenas que a impressionavam para escrever. Em 12 de Abril, partiu de Santa Helena para o Sul da Califórnia. No domingo. 15 de Abril, falou 30 minutos na dedicação do Sanatório de Loma Linda. Naquela noite, teve uma visão sobre a destruição de cidades. Assistiu à terceira sessão da Associação do Sul da Califórnia. Em 18 de Abril, quarta-feira, falou na igreja de L.A. Soube do terremoto de São Francisco. No sábado, 21 de Abril, falou na igreja de San Diego, e na dedicação do Sanatório de Paradise Valley no dia 24. Voltou para Loma Linda para se encontrar com os irmãos e considerar o negócio de alimentos saudáveis no Sul da Califórnia. CId 207 1 Partiu para casa em 2 de maio; aproximando-se de San José, viu os efeitos do terremoto; parou em Mt. View, onde ficou depois do sábado para aconselhar-se com a Mesa da Pacific Press. Entristeceu-se ao ver as paredes caídas da casa publicadora, mas deu graças porque obreiro algum morreu. Sentiu-se forte suficiente para falar no sábado. No caminho de volta para casa, demorou-se algum tempo viajando por São Francisco e contemplando as ruínas deixadas pelo terremoto. Nossa igreja estava de pé. Ficou em casa na maior parte do tempo desde o princípio de Maio até o fim do ano. CId 207 2 Angustiou-se com a atitude do Dr. Kellogg e de A. T. Jones; também com as falsas acusações de que outros manipulavam seus escritos. Escreveu muito, embora doente, fraca e perplexa. Em Julho, assistiu à reunião campal de Oakland, onde falou várias vezes. (Em 21 de Julho, sábado, chegou à reunião campal a notícia de que a Pacific Press fora destruída pelo fogo.) De 16 a 20 de Agosto, visitou Oakland e falou na tenda. De 31 de Agosto a 2 de Setembro, esteve novamente em Oakland, onde falou sobre sindicalismo nas igrejas da região. Em Setembro, fez duas outras visitas a Oakland para cumprir compromissos de falar, e também para assistir reuniões de acionistas e reuniões do concílio geral na Pacific Press. De 18 a 21 de Outubro, visitou Oakland "pela quinta vez desde o encerramento das reuniões campais de Julho". Em Novembro, esteve duas semanas na região de São Francisco e Oakland, e outra vez em Dezembro. Em 6 de Novembro, escreveu: "Meu trabalho está quase terminado... Meus livros vão testificar quando minha voz não mais for ouvida." 1907 CId 208 1 Em casa, dedicou-se a escrever durante os primeiros meses de 1907. Esteve em Oakland de 15-18 de Fevereiro; reunindo-se com o Pastor Haskell e Sra. no trabalho, lá. Teve de dar testemunhos claros para enfrentar uma situação difícil. Em Março, escreveu sobre o excessivo peso das responsabilidades que levava e que ninguém podia compreender. Sentia-se só. Em 18 de Abril, partiu para o Sul da Califórnia com W.C.W., Sara M., e Dores R. Trabalhou na escola de San Fernando, em Loma Linda, San Diego, no Sanatório de Paradise Valley, em San Pasqual, Escondido, Los Angeles e Glendale até fins de Abril e as três primeiras semanas de maio. De 23 a 27 de maio, esteve em Merced, trabalhando na reunião campal. Chegou em casa no dia 27 de maio, após uma ausência de seis semanas. Apesar da fraqueza e sofrimentos, cumpriu seus compromissos. Sentia "o poder do Espírito" que lhe era dado sempre que se punha diante do povo para falar. CId 208 2 Acampando-se, trabalhou na reunião campal de Santa Helena, de 23 a 30 de Junho e, depois daquelas reuniões, sentiu-se muito doente. Falou durante vinte minutos na dedicação do Sanatório de Santa Helena, em 20 de Outubro. (Dedicação de um novo prédio do hospital.) Em 27 de Outubro, deixou sua casa para outra visita ao Sul da Califórnia. Trabalhou na convenção médica em Loma Linda e no Sanatório de Paradise Valley, e também em Los Angeles e Glendale. Voltou para casa mais ou menos em 24 de Dezembro. A respeito desse período no Sul da Califórnia, escreveu: "O fardo pesava-me dia e noite." "Foi uma longa e fatigante viagem e fiquei desgastada pelas contínuas ansiedades." 1908 CId 209 1 Ficou em casa, escrevendo bastante no começo do ano, embora muito cansada por causa dos seus trabalhos no Sul da Califórnia no fim de 1907. Falou duas vezes nas sessões da Union Conference, em Janeiro. Recebeu e aconselhou visitantes. Saía quando podia. Esteve dez dias em Oakland durante uma reunião bíblica, e falou seis vezes (em Março). Durante uns poucos dias em Abril, visitou Lake County. De 1 a 10 de maio, falou várias vezes na reunião campal de Lodi e voltou para casa mal, com resfriado e fraca. Sentiu-se sob pressão, tanto por escrever muito como por achar que deveria gastar mais tempo fora de casa. No princípio de Junho, falou seis vezes nas reuniões campais de Melrose, Oakland, "com grande clareza e força, como nos tempos de outrora". CId 209 2 Deixou sua casa em 5 de Agosto, rumo ao Sul da Califórnia. Ficou 8 horas sob intenso calor por causa de um acidente. Chegou em L.A. em 7 de Agosto e trabalhou na reunião campal. Em 16 de Agosto, fraca e doente, foi levada ao Sanatório de Glendale para tratamentos. De 24-27 de Agosto, visitou o Sanatório de Paradise Valley, trabalhou em Loma Linda e voltou para casa no princípio de Setembro, após urna ausência de quase cinco semanas. Na viagem de volta, parece que passou o sábado em Oakland. Fraca e sentindo-se sob muita pressão, trabalhou no preparo de material para ser impresso; pesquisou seus escritos na busca dos que desejava que fossem impressos. No fim de Outubro, sentiu-se extraordinariamente fortalecida para falar na Convenção Médica em Santa Helena. CId 210 1 Todos sentiram a presença do Espírito Santo e, após essa reunião, sua saúde melhorou e suas forças foram renovadas. CId 210 2 Durante Novembro, fez viagens de fim de semana para Sebastopol, Healdsburg e Berkeley, e sentiu-se forte para falar. A "obra estranha" do irmão e da irmã Mackin teve de ser enfrentada nessa ocasião. Estudou-se a mudança do colégio de Healdsburg para um local mais apropriado, considerando-se a propriedade de Buena Vista. E.G.W. participou do estudo desse problema. 1909 CId 210 3 Sob a pressão de sofrimentos físicos e muitas ansiedades com respeito à obra, continuou a escrever e a ler manuscritos, etc., ansiosa por completar material para livros. Em Fevereiro, falou três vezes em Oakland na sessão anual da Associação da Califórnia. Com W.C.W., Sara M. e Minnie H., partiu em 5 de Abril para a sessão da Associação Geral, em Takoma Park. Nos dias 7 e 8 de Abril, ficou no Sanatório de Paradise Valley, falando aos pacientes. Em Loma Linda, falou no sábado aos pacientes e membros "reunidos sob árvores de pimenta." De 16 a 20 de Abril, esteve no College View, Nebraska, falando várias vezes. Visitou instituições na região de Nashville, em Huntsville, Ala., e Asheville, N.C., falando em cada lugar. CId 210 4 Chegou em Washington no dia 3 de maio, depois de uma "longa jornada", na qual "trabalhou constantemente". Continuou a trabalhar "constantemente" antes das sessões (13 de Maio a 6 de Junho), durante e depois delas. Depois dessas reuniões, cumpriu compromissos na Filadélfia, também na cidade de Nova Iorque e em Newark, N.J. Descansou alguns dias em Lancaster do Sul e, depois, trabalhou na reunião campal de Nashua, N.H. Visitou Concord e viu uma propriedade adquirida para obreiros judeus e, depois, voltou para Lancaster do Sul, onde ficou durante alguns dias antes de trabalhar na reunião campal de Portland, Maine. CId 211 1 Depois de passar uns poucos dias no Sanatório New England, em Melrose, Massachusetts, iniciou a longa jornada de volta para casa, parando, para compromissos, em Buffalo, N.Y., em Battle Creek, na reunião campal em Three Rivers, Michigan, no Sanatório Wabash Valley em Lafayette, Ind., nas reuniões campais de Elgin, Illinois, de Hinsdale, Illinois, de Madison, Wisconsin, de Iowa em Nevada, de Iowa, de Kansas em Council Grove, Kansas, de Eastern Colo. em Boulder, Colo., e de Salt Lake City, Utah. Sofreu bastante com a fraqueza do coração nas altitudes das Rochosas, e foi transferida para uma cadeira de rodas no cais de Oakland e Vallejo Junction. Chegou em casa em 9 de Setembro, depois de cinco meses de ausência. CId 211 2 Em 10 de Setembro, na sua carruagem mais cômoda, foi ver a propriedade de Angwin que tinha sido comprada para o colégio. Em 13-16 de Setembro, assistiu à última parte da reunião campal da Califórnia, em Fruitvale. Em fins de Setembro e princípios de Outubro, passou alguns dias no local do novo colégio e, em 29 de Setembro, participou da dedicação da escola. Em meados de Outubro, participou da reunião bíblica em San José, e na reunião de obreiros em Lodi, de 5 a 14 de Novembro; também na Semana de Oração em Mt. View e Oakland, em meados de Dezembro. O volume 9 do Testemunhos Para a Igreja foi publicado em 1909. 1910 CId 212 1 Muito ocupada na leitura de artigos e livros em preparo, bem como escrevendo. Trabalhou na sessão da União em Mt. View, de 24 a 30 de Janeiro; assistiu à sessão anual da Associação da Califórnia, em Lodi, de 1 a 6 de Fevereiro, e a reunião de obreiros em Oakland, na última metade de Março. Trabalhou em Glendale, Los Angeles, Loma Linda, San Fernando, San Diego e Sanatório de Paradise Valley, do fim de Março até metade de maio. Chegou em casa muito cansada. Trabalhou na reunião campal de Napa no fim de Junho e na de Berkeley, em Agosto; visitou Angwin e, durante o ano, falou algumas vezes aos estudantes. Ocupou-se, escrevendo sobre a história do Antigo Testamento. 1911 CId 212 2 Aparentemente, esteve em casa, trabalhando como pôde durante Janeiro, Fevereiro e a maior parte de Março. Parece ter sido durante esse período que se submeteu a 23 tratamentos de raios X, por causa de uma mancha negra na testa, e que foi removida completamente com essas aplicações. Escrevendo sobre a vida de Paulo. No fim de Março, foi para o Sul da Califórnia, onde assistiu às reuniões da Mesa Administrativa de Loma Linda no princípio de Abril, e cumpriu outros compromissos para falar. Também trabalhou em Riverside, San Fernando, Sanatório de Paradise Valley, Glendale e Los Angeles. Voltou para casa no fim de Abril e falou na capela do Sanatório no sábado, 29 de Abril; também no P.U.C. em 20 de maio, em Santa Helena em 27 de Maio e, novamente no P.U.C. em 10 de Junho. CId 212 3 De 6 a 16 de Julho, trabalhou na reunião campal de Oakland. Trabalhou com afinco para completar Atos dos Apóstolos. De 10 a 20 de Agosto, assistiu à reunião campal de Long Beach, Califórnia. Foi maravilhosamente sustentada ao fazer sua última palestra para um grande público dessa reunião campal. "Senti que os braços eternos estavam por baixo de mim", escreveu ela. No fim de Outubro, fez uma viagem para Loma Linda e ficou algumas semanas lá, assistindo a importantes reuniões. W.C.W. esteve no Leste durante algum tempo e ela o encontrou em Loma Linda nesta ocasião. O livro Atos dos Apóstolos foi publicado no fim de 1911. 1912 CId 213 1 Trabalhou como pôde num livro que tomasse lugar entre Patriarcas e Profetas e O Desejado de Todas as Nações. O material, já escrito, precisava ser posto em forma. "Quando completar este livro, sentirei que meu trabalho terminou", escreveu ela. Ansiava por uma visita de Edson e Emma, e anelava visitar Portland, Maine, mais uma vez. Em meados de Março ou um pouco antes, partiu para assistir a reuniões importantes no Sul da Califórnia -- reunião ministerial, sessões da União e reunião de organização do C.M.E. Fez várias palestras tanto em L.A. como em Loma Linda, a última delas em 18 de Abril. CId 213 2 Em 4 de maio, falou aos estudantes do P.U.C. Dedicou a maior parte dos seus esforços ao trabalho do livro sobre o Antigo Testamento, desde Salomão até Cristo. Falou novamente no P.U.C. em 7 de Setembro. Permaneceu de novo em Loma Linda de 6 de Novembro a 6 de Dezembro. Durante a Semana de Oração, falou em Calistoga num sábado e no P.U.C. no outro. 1913 CId 213 3 Em "Elmshaven," dedicou-se ao trabalho, completando certos escritos. "Estou ficando velha, mas estou fazendo tudo o que posso para glorificar a Deus", escreveu ela. Em maio, escreveu duas mensagens para a sessão da Associação Geral, em Takoma Park. Manteve várias entrevistas com obreiros da liderança; falou algumas vezes nas redondezas. O livro Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes foi publicado em 1913. 1914 CId 214 1 Na primavera de 1914, durante algumas semanas, recebeu a visita do seu filho, James Edson. Em 14 de Junho, escreveu "Vida Vitoriosa" -- último escrito antes da sua morte. Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 516-520. Em 15 de Agosto, tem-se o registro de uma entrevista com W.C.W. Manuscrito 12, 1914. Em 8 de Setembro, está registrada uma entrevista com o Dr. Thomson. Manuscrito 10, 1914. Em 23 de Dezembro, uma das suas copistas escreveu para W.C.W. sobre sua mãe. -- Life Sketches of Ellen G. White, 436, 437. CId 214 2 Numa conversa mantida em 2 de Dezembro, relembrou um incidente de muitos anos antes. No princípio de Dezembro, ouviu vozes numa noite, exclamando: "Avançai! Avançai!" Ansiava ficar ativa, mas compreendeu que suas forças se desvaneciam. Sua oração de 26 de Dezembro. -- Life Sketches of Ellen G. White, 441. 1915 CId 214 3 No sábado, 13 de Fevereiro, sofreu um acidente que apressou sua morte; caiu quando entrava em seu gabinete, fraturando o fêmur esquerdo. Pacific Union Recorder, 25 de Fevereiro de 1915. Em 17 de Março, E.G.W. recebeu a visita de um número de obreiros da liderança; ela ficou "satisfeita por se encontrar com estes velhos amigos". Em 31 de Março, por ocasião de volta de W.C.W. de Loma Linda, quando perguntada como se sentia, respondeu: "Estou indo bastante bem -- ou melhor, num duro caminho." -- Pacific Union Recorder, 22 de Julho de 1915. CId 215 1 O fim desta grande vida chegou às 3:40 da tarde de sexta-feira, 16 de Julho, quando Ellen White adormeceu em Jesus, "tão quieta e pacificamente como uma criança cansada vai para seu descanso". -- Pacific Union Recorder, 22 de Julho de 1915. Os livros Obreiros Evangélicos (edição nova e revisada) e Life Sketches of Ellen G. White foram publicados em 1915. ------------------------Apêndice C Comentários de G. B. Starr nos funerais de Ellen G. White em Elmshaven CId 216 1 É meu privilégio falar sobre alguns aspectos da vida da irmã White. Eu a conheci há aproximadamente 40 anos, e minha senhora a conheceu faz mais de 50. Ouvimos dos seus próprios lábios a história da sua conversão cedo, aos 13 anos de idade, passando da dúvida e das trevas para a luz e para o amor especial à pessoa de Jesus Cristo. Penso que jamais ouvi outra pessoa falar do seu amor à Jesus, amor pessoal, como ela o fez. Muitas vezes, em grandes congregações, a ouvi irromper com a exclamação: "Jesus, eu O amo, eu O amo, eu O AMO!" Alguns dos presentes sabem disto; ouviram-no; o auditório se emocionou com isto. Sentimos a influência daquele amor a Jesus. CId 216 2 Creio ser algo maravilhoso competir com ela neste sentido para, não somente ter fé no aspecto geral, mas tê-la em Jesus e no Seu amor. Sua vida inteira foi devotada a levar outros a amá-Lo e servi-Lo de todo o coração. CId 216 3 Nos seus escritos, encontramos o que creio ser a mais clara, poderosa, simples e sincera apresentação do evangelho jamais feita em qualquer outro escrito com exceção das próprias Escrituras. A linguagem dos seus escritos são do mais atrativo, simples e poderoso estilo. Agora, peço que vocês mesmos julguem se ele não é atrativo, entusiástico, poderoso e que nada há semelhante a ele no mundo. Nunca vi alguém cujos escritos de alguma maneira pudessem imitar os dela. Seu pequeno livro Caminho a Cristo -- tive o privilégio de lê-lo no manuscrito, e ela pediu a vários de nós que aconselhássemos sobre o que deveria ser feito com ele. "Por que", dissemos, "não publicá-lo em todas as línguas o mais cedo possível? pois é o mais simples e claro guia na fé salvadora de Jesus que já lemos." Este livro já foi traduzido em [muitas] línguas. CId 217 1 Vi um painel com a relação completa de todas as suas obras que, penso, está debaixo das árvores do outro lado da casa. Acho, porém, que deveria estar mais perto. É um número surpreendente de volumes. CId 217 2 Quando a contemplei no outro dia, apertando sua mão na despedida, pensei comigo mesmo: "Esta mão escreveu mais exortações evangélicas e mais preciosas coisas do que, talvez, qualquer outra mão humana. Estudei os escritos de muitos autores, mas não sei de nenhum outro que tenha sido tão diligente quanto ela, que se levantava às 2, 3 e 4 horas da madrugada e continuava a trabalhar até depois do pôr-do-sol. Ela se recolhia muito cedo, este era seu hábito, e então, bem de manhã, levantava-se e começava a escrever. Poderiam encontrá-la, tal como todos os profetas, levantando-se cedo para fazer seu trabalho. CId 217 3 Eu a vi, penso, sob quase todas as circunstâncias em que se pode ver um amigo. Tivemos o privilégio de viajar com ela em Michigan e, depois, acompanhá-la na Austrália, vivendo em seu lar, vendo-a sob todas as circunstâncias de uma vida doméstica e, em acréscimo, levando o fardo da obra mundial que tanto amava. Queremos testificar hoje, minha senhora e eu, que a consideramos um dos mais leais e fiéis cristãos que já encontramos em nossa vida. Não o digo porque queira louvá-la agora, hoje, mas o creio de todo o coração; tenho razões para sabê-lo. Sei disto pessoalmente. CId 218 1 Ela me foi de grande auxílio, pessoalmente. Não me escreveu cartas lisonjeiras quando estava no campo missionário, em Queensland e noutros lugares, mas me escreveu palavras muito sinceras de conselhos que me foram verdadeiramente proveitosos, tanto na minha vida como no meu ministério. CId 218 2 Quero falar da sua personalidade como amiga e estou certo de que os presentes que a conheceram vão confirmar o que digo. Lembrava-se dos nomes das pessoas de maneira impressionante. Parecia nunca se esquecer de alguém que encontrasse em qualquer parte do mundo. Levava-os em seu coração e nas suas orações. Sua constância na amizade era notável, estendendo-se por provas e tentações. Como o rapazinho na escola que, perguntado sobre o significado da amizade, respondeu: "Amigo verdadeiro é aquele que sabe tudo a seu respeito e o ama exatamente da mesma maneira", assim podemos dizer dela que, embora conhecesse muito bem as falhas dos seus amigos, os amava da mesma forma e da mesma forma orava e trabalhava por eles. CId 218 3 Outra palavra sobre sua personalidade: considerava-a como um dos mais resolutos caracteres que já encontrei. Posso compará-la com o inflexível carvalho que enfrenta os ventos e suporta as mais fortes pressões ou com a montanha que ri das tempestades. Sofreu desgostos e oposição da parte daqueles que deveriam ter sido amáveis para com ela; enfrentou-os no mais bondoso e amável espírito, mas com a firme determinação de os conquistar, sempre conquistar. Nunca a vi ser conquistada. Sua fé em Deus era invencível neste país e em qualquer outro. Sob circunstâncias que teriam naufragado a fé de muitos, ela triunfou nas provas. CId 219 1 Apenas uma palavra mais sobre sua enfermidade. Foi seu quinhão, como observou o irmão Loughborough, sofrer mais do que o cristão comum. Deus o permitiu e vou deixar que ela fale por si mesma sobre como a enfrentava. Tenho um trecho tirado dos seus próprios escritos e que vou ler: CId 219 2 "Não espero agora ser elevada acima de todas as enfermidades e tribulações, e navegar num mar tranqüilo em minha jornada rumo ao Céu. Espero provações, perdas, desapontamentos e aflições", e ela os teve: dois filhos e seu esposo foram sepultados no mesmo lugar em que ela o será, lado a lado, em Michigan; ela teve suas provações desta e doutras maneiras, "mas", disse ela, "tenho a promessa do Salvador: 'A Minha graça te basta.' CId 219 3 "Minha doença ensinou-me a própria fraqueza, e a paciência e o amor do meu Salvador, e Seu poder para salvar. Nas noites de insônia, encontrei esperança e conforto ao considerar a paciência e compaixão de Jesus para com Seus fracos e errantes discípulos, e lembrar que Ele ainda é o mesmo -- imutável na misericórdia, na compaixão e no amor. Ele vê nossa fraqueza; Ele sabe como temos falta de fé e coragem; contudo, não nos lança fora. Ele é misericordioso e terno de compaixão para conosco." CId 220 1 Faz umas seis semanas, quando a visitamos, ela perguntou: "Quando vieram a última vez para me ver?" CId 220 2 "Exatamente no sábado passado, à tarde", respondi. CId 220 3 "Oh, sim", disse ela, "tinha me esquecido." Então, voltando-se para nós, acrescentou: "Todos nós temos nossas fraquezas e esquecimentos, mas, se os corrigimos, eles fortalecem nosso caráter e não nos diminuem." Podem ver que isto é semelhante à sua afirmação de que Cristo revela sua terna compaixão através do sofrimento. CId 220 4 Falando da sua morte, ela disse: "Cairei no meu posto antes do Senhor voltar; mas, quando todos os que estiverem na sepultura ressuscitarem, também eu ressuscitarei se for fiel" -- e ela foi fiel -- "verei Jesus e serei feita como Ele. Oh, que gozo indizível, ver Aquele a quem amamos. -- Vê-lo na Sua glória, Ele que tanto nos amou que Se deu por nós -- contemplar aquelas mãos que foram traspassadas para nossa redenção, se estenderem para nós em bênçãos e boas-vindas!" São palavras triunfantes, não são? CId 220 5 Agora, enquanto estava aqui, ela cantava muito. Quero ler-lhes um verso de um hino do qual gostava muito. Ouvimo-la cantar numa manhã, quando estávamos aos pés da escada. Perguntamos: "Quem está cantando?" E responderam: "É a irmã White." Eis o que ela cantava: "Ouvimos da terra sagrada e de luz. Ouvimos, e nos alegramos; porque éramos um grupo solitário, cansado, exausto e triste. Disseram-nos que os peregrinos tinham moradas ali -- não mais haverá os sem-lar. Sabemos que a terra é muito linda, onde corre o rio da vida." CId 220 6 Então, omitiu alguns versos e passou a cantar a última parte do último verso, como espécie de coro, repetindo-o vez após vez. Este era o seu coro: "Lá estaremos, lá estaremos, dentro de pouco, reunidos com os benditos e puros. A palma, o manto e a coroa ganharemos, vivendo para sempre em descanso." Ela repetia esse hino muitas e muitas vezes. CId 221 1 Alguns me perguntaram a respeito da sua posição entre nós. Ela nunca foi escolhida para cargo algum. Nunca os quis. Quando alguém falava com ela a respeito de um trabalho particular, respondia: "Meu trabalho, aquele para o qual Deus me chamou, é ser Sua mensageira", e este era seu maior desejo, ser mensageira de Jesus Cristo. CId 221 2 Despedindo-nos dela, faz duas semanas -- enquanto o irmão White lhe dizia (e ela parecia estar muito alegre naquela manhã): "Mamãe, o irmão Starr e sua esposa vieram para despedir-se da senhora", ela respondeu que estava muito contente por nos ver novamente. Então, eu lhe disse: "Nós é que estamos satisfeitos por encontrá-la tão alegre nesta manhã." Sua resposta foi esta: "Alegro-me por terem me encontrado assim, e desejo contar-lhes que estou alegre também por dentro", e acrescentou: "Não tive muitos dias de tristeza, não é?" "Não, irmã White", lhe respondi, "não, em toda sua vida, porque viveu sempre acima delas." "Sim", disse ela, "meu Pai celestial planejou tudo para mim; Ele sabe quando isto vai terminar, e estou determinada a não murmurar." CId 221 3 Sentia-me diante de um grande triunfo -- e ela triunfou. Que o Senhor nos ajude a seguir esses passos. Então, lhe disse: "Quero apenas lembrar, irmã White, o que nos escreveu na sua última carta: 'as sombras estão se alongando'" -- e estou pensando nisto exatamente agora. Ela respondeu: "Irmão Starr, as sombras se alongam e nós nos estamos aproximando do lar. Estaremos lá em breve e então falaremos sobre tudo isso juntos no reino de Deus." ------------------------Apêndice D Carta de J. N. Loughborough a Lida Scott CId 223 0 Sanatório, Califórnia, 20 de Setembro de 1921. CId 223 1 Lida F. Scott, Madison, Tennessee CId 223 2 Prezada irmã Scott: Recebi pontualmente sua carta de 8 de Setembro, inclusive os folhetos de Madison. Números 1, 4, 5. Obrigado pelos folhetos e por se lembrar de mim. Sua carta despertou em mim estes pensamentos. CId 223 3 Temos a capacidade de pensar nos amigos que não vemos há muito tempo como se os tivéssemos visto recentemente. Assim, suponho que meus amigos distantes pensem em mim como quando me viram faz anos, ao estar empenhado no meu trabalho ministerial em todo o pais e até viajando pelo mundo. Talvez lhes seja surpresa saber que completei oitenta e nove anos de idade no dia 26 de Janeiro último, e que estive fora desta colina onde está o sanatório apenas três vezes nestes últimos três anos e meio. CId 223 4 Agradeço o convite que me fizestes para assistir à convenção dos Missionários Voluntários, de 7 a 9 de Outubro. Embora não possa estar presente em pessoa, posso assegurar-vos, como Paulo, que (Colossences 2:5) "embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco; alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo". CId 224 1 Agradeço a Deus porque estou livre de dores físicas e apenas me sinto fraco por causa da idade. Se não me posso empenhar em trabalhos públicos como antigamente, agradeço a Deus porque me sinto como a irmã White disse para uma ativa obreira bíblica quando a saúde não permitia mais que trabalhasse: "Irmã, pode trabalhar agora tão bem como antes -- pode orar pelos que têm saúde para que se empenhem ativamente no trabalho do grande campo da colheita." CId 224 2 Tenho observado com grande interesse o trabalho do irmão Sutherland desde quando tive o privilégio de estar com ele durante algum tempo, faz anos, em Battle Creek, pronunciando algumas palestras lá. Então, alegrava-me ao vê-lo tomar as providências em favor do plano que nos foi recomendado, para que, ligado com nossos centros de educação houvessem terras para cultivo, etc. Com fervoroso interesse, observava seu trabalho em relação ao estabelecimento do colégio em Berrien Springs, Michigan. CId 224 3 Desde então, minha mente e minhas orações estiveram ligadas com seus trabalhos no Sul, em harmonia com o que deve ser feito nesse lugar. Podem estar certos, meus companheiros de trabalho, de que minha mente e minha fé estão com vocês no seu trabalho sincero de fazer o que o Senhor ordenou que fizéssemos. Que as bênçãos do Senhor estejam especialmente com as deliberações da convenção, serão minhas orações enquanto estiverem reunidos. CId 224 4 Seu, na abençoada esperança do evangelho, J. N. Loughborough. ------------------------Cartas a Jovens Namorados CJN 7 1 Prefácio CJN 9 1 Eu te amo CJN 12 1 Capítulo 1 -- Casamento -- um antegozo do céu CJN 21 1 Capítulo 2 -- Como encontrar o companheiro ideal CJN 31 1 Capítulo 3 -- É realmente amor? CJN 41 1 Capítulo 4 -- Você precisa de ajuda? CJN 53 1 Capítulo 5 -- Sob controle CJN 65 1 Capítulo 6 -- Responsabilidade sexual CJN 81 1 Capítulo 7 -- Sombras sobre o lar ------------------------Prefácio CJN 7 1 Você já se perguntou como seria receber uma carta de um profeta? Teria coragem de abrir o envelope e ler o conteúdo? CJN 7 2 Este livro é uma compilação de cartas escritas sob a inspiração de Deus e dirigidas a jovens, com a finalidade de ajudá-los a fazer escolhas certas concernentes ao namoro e casamento. CJN 7 3 Alguns dados relacionados às circunstâncias e às pessoas envolvidas foram inseridos pelos compiladores e constam na página que antecede cada carta. Algumas cartas muito longas foram reduzidas sem suprimir o objetivo designado; os nomes foram substituídos. Conselhos complementares, alguns extraídos de cartas, foram incluídos em vários capítulos. CJN 7 4 Não há momento na vida, em que o tipo certo de conselho seja tão importante, como quando dois jovens estão pensando em casamento. Visto que o Senhor o ama e deseja que você tenha a vida eterna e um lar feliz, talvez a leitura de uma só dessas cartas o ajude a obter as duas coisas. CJN 7 5 Nós o convidamos a "abrir o envelope" e ler o que o Senhor falou a outros jovens como você. Depositários das Publicações de Ellen G. White. ------------------------Eu te amo CJN 9 1 "Eu te Amo!" Quão significativas são essas palavras entre dois jovens! Ainda mais maravilhosas elas se tornam quando nos são ditas por nosso Salvador, que deseja que sejamos felizes e encontremos alegria em nosso relacionamento uns com os outros. CJN 9 2 Cristo comparou Seu amor pela Igreja com o amor entre o marido e a esposa. As Escrituras contêm ternas histórias de amor, tais como a de Jacó e Raquel e a comovente história de Rute, a moabita, que através de seu casamento com Boaz tornou-se um elo na genealogia do Messias. CJN 9 3 Nosso Pai celeste Se interessa por nossa vida afetiva. Através dos escritos inspirados das Escrituras e de Ellen G. White, Deus tem dado conselhos aos jovens em sua busca pela felicidade. Da Bíblia CJN 10 1 "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. CJN 10 2 "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10. CJN 10 3 "Estas coisas vos tenho dito para que o Meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo." João 15:11. CJN 10 4 "Aquele que tocar em vós toca na menina do Seu olho." Zacarias 2:8. CJN 10 5 "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não procura os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba." 1 Coríntios 13:4-8. CJN 10 6 "De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí." Jeremias 31:3. CJN 10 7 "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:38, 39. Dos escritos de Ellen G. White CJN 10 8 Escrevo-lhe porque a amo. -- Carta 51, 1889. CJN 10 9 Queridos jovens, desejo falar-lhes positivamente, pois quero que sejam salvos. -- Mensagens aos Jovens, 140. CJN 11 1 Minha querida irmã, escrevo-lhe por amor a sua alma. -- Carta 51, 1894. CJN 11 2 Não considero seu caso sem esperanças; se fosse assim, minha caneta não estaria escrevendo estas linhas. -- Testimonies for the Church 2:582. CJN 11 3 Aceite a repreensão como proveniente de Deus, aceite o conselho e a advertência dados com amor. -- Carta 30, 1875. CJN 11 4 Exponham continuamente ao Senhor suas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e temores. Não O pode sobrecarregar; não O pode fatigar. Aquele que conta os cabelos de sua cabeça, não é indiferente às necessidades de Seus filhos. "Porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso." Tiago 5:11. Seu coração amorável se comove ante as nossas tristezas, ante a nossa expressão delas. Levem-Lhe tudo quanto lhes causa perplexidade. Coisa alguma é demasiado grande para Ele, pois sustém os mundos e rege o Universo. Nada do que de algum modo se relacione com a nossa paz é tão insignificante que o não observe. Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro para que o possa ler; perplexidade alguma por demais intrincada para que a possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma lhe acossar a alma, nenhuma alegria possuí-lo, nenhuma prece sincera escapar-lhe dos lábios, sem que seja observada por nosso Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse. Ele "sara o coração quebrantado e ata-lhe suas feridas". Salmos 147:3. As relações entre Deus e cada alma são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho. -- Caminho a Cristo, 100. ------------------------Capítulo 1 -- Casamento -- um antegozo do céu CJN 12 1 O calor da verdadeira amizade e do amor que une o coração de marido e mulher é um antegozo do Céu. CJN 12 2 Deus ordenou que houvesse perfeito amor e harmonia entre os que participam da relação matrimonial. CJN 12 3 Que o noivo e a noiva, em presença do universo celestial, se comprometam amar-se mutuamente como Deus lhes ordenou que fizessem. -- Nos Lugares Celestiais, 202. Um antegozo do céu CJN 13 1 O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado. CJN 13 2 O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "adjutora" -- ajudadora esta que lhe correspondesse -- a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nesta relação. "Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta." "Portanto deixará o varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Efésios 5:29; Gênesis 2:24. CJN 13 3 Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. "Venerado... seja o matrimônio" (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo de além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral.1 CJN 13 4 Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á a sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gênesis 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem.2 Faça com que o namoro perdure através de seu casamento CJN 14 1 Nem uma palavra deve ser proferida, nem uma ação praticada, que não queiram que os santos anjos contemplem e registrem nos livros do alto. Devem ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve ter afeição pura, santificada, digna dos seguidores de Jesus Cristo, exaltada em sua natureza, e mais celeste que terrena. Qualquer coisa diferente é aviltante, degradante no namoro; e o casamento não pode ser santo e honroso aos olhos de um Deus puro e santo, a menos que seja segundo os exaltados princípios escriturísticos. CJN 14 2 Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados.3 "Se o Senhor não edificar a casa" CJN 15 1 Os que pensam em casar-se devem tomar em conta qual será o caráter e a influência do lar que vão fundar. Ao tornarem-se pais, é-lhes confiado um santo legado. Deles depende em grande medida o bem-estar dos filhos neste mundo e sua felicidade no mundo por vir. Determinam, em grande extensão, a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança. CJN 15 2 A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a melhor assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual -- de sorte que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador.4 CJN 15 3 Jesus não começou Seu ministério por alguma grande obra perante o Sinédrio em Jerusalém. Numa reunião familiar, em pequenina vila galiléia, foi manifestado Seu poder para aumentar a alegria das bodas. Assim mostrou Sua simpatia para com os homens, e desejo de lhes proporcionar felicidade.5 CJN 15 4 Aquele que deu Eva a Adão por companheira, operou Seu primeiro milagre numa festa de casamento. Na sala festiva em que amigos e parentes juntos se alegravam, Cristo começou Seu ministério público. Sancionou assim o matrimônio, reconhecendo-o como instituição por Ele mesmo estabelecida.6 CJN 15 5 Unicamente a presença de Cristo pode tornar homens e mulheres felizes. Todas as águas comuns da vida, Cristo pode transformar em vinho do Céu. O lar se torna então como um Éden de bem-aventurança; a família, um belo símbolo da família no Céu.7 CJN 16 1 Edson foi o segundo dos quatro filhos de Ellen White. Devido suas longas viagens e outras responsabilidades de sua vida atarefada, ela teve que se afastar de seus filhos. Uma grande coleção de cartas escritas para eles foram preservadas. A carta seguinte foi escrita para Edson e Ema, em 1870, pouco depois de seu casamento e retrata as esperanças e orações de uma mãe por um lar que acabara de se estabelecer. O conselho mostra o cuidado de uma mãe amorosa, mas tem sobre si a importância adicional de sua própria experiência em aceitar as mensagens divinas do Senhor através de visões. Campmeeting Grounds CJN 17 0 Clyde, Ohio, Setembro, 1870. CJN 17 1 Queridos Edson e Ema, Vocês, meus filhos, entregaram o coração um ao outro; da mesma forma como o deram inteiramente e sem reservas a Deus. CJN 17 2 Em sua vida conjugal procurem animar um ao outro. Mostrem os nobres e elevados princípios da santa fé nas conversações diárias e na intimidade de sua vida. Sejam sempre zelosos e ternos pelos sentimentos um do outro. Não permitam nenhum tipo de zombaria, gracejo ou repreensão irônica entre vocês. Essas coisas são perigosas. Elas ferem. O ferimento pode ser encoberto, contudo a ferida existe, e a paz está sendo sacrificada e a felicidade ameaçada. CJN 17 3 Meu filho, guarde-se e em nenhum momento manifeste a menor inclinação que lembre um espírito ditatorial e arbitrário. Haverá recompensa em cuidar de suas palavras antes de dizê-las. Isto será mais fácil do que retratá-las ou apagar sua impressão depois. Fale sempre bondosamente. Suavize os tons de sua voz. Permita que somente amor, bondade e mansidão sejam expressos em seu semblante e em sua voz. Faça disto uma atividade que difunda raios de luz, mas nunca permita que fique uma nuvem. Ema será tudo que você deseja, se for cauteloso e não lhe der nenhum motivo para sentir-se aflita, perturbada e duvidar da genuinidade de seu amor. Vocês próprios podem conquistar sua felicidade ou perdê-la. Através do esforço para sujeitar sua vida à Palavra de Deus, podem tornar correta, nobre, elevada e agradável a senda da vida um para o outro. CJN 17 4 Estejam dispostos a ceder. Edson, ceda algumas vezes em seu julgamento. Não seja obstinado, mesmo se o seu procedimento lhe parecer sensato. Você deve ser complacente, paciente, bondoso, sensível, compassivo, educado, mantendo as pequenas cortesias da vida, os atos afetuosos, a ternura, as palavras cordiais e encorajadoras. Que as bênçãos de Deus repousem sobre vocês, meus filhos, é a oração de sua mãe. Mamãe O casamento é como o amor de Cristo por seu povo escolhido CJN 18 1 Tanto no Velho como no Novo Testamentos, a relação matrimonial é empregada para representar a terna e sagrada união existente entre Cristo e Seu povo, os remidos a quem Ele comprou a preço do Calvário. "Não temas", diz Ele; "porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor." "Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; porque Eu vos desposarei." Isaías 54:4, 5; Jeremias 3:14. No Cântico dos Cânticos ouvimos a voz da esposa, dizendo: "O meu Amado é meu, e eu sou dEle." E Aquele que é para ela "o primeiro entre dez mil", fala a Sua escolhida: "Tu és toda formosa, amada Minha, e em ti não há mancha." Cantares 2:16; 5:10; 4:7.8 A vida conjugal é cada vez melhor CJN 18 2 Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, não obstante mais firme do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável.9 CJN 18 3 Amar como Cristo amou significa manifestar altruísmo, através de palavras bondosas e fisionomia prazenteira, em todos os momentos e em todos os lugares. Para aqueles que as outorgam não custa nada, porém deixam atrás de si uma fragrância que envolve a alma. Seu efeito nunca poderá ser estimado. São elas uma bênção, não apenas para quem as recebe, mas também para o doador, porque atuam sobre ele. Genuíno amor é um precioso atributo de origem celestial que aumenta em fragrância, à medida que é dispensado a outros. CJN 19 1 O amor de Cristo é profundo e ardente, fluindo como uma irreprimível torrente para todos que o aceitarem. Não há egoísmo em Seu amor. Nesse amor, nascido no Céu, há um princípio permanente no coração, e que se tornará conhecido não apenas para aqueles que consideramos mais queridos no relacionamento sagrado, mas para todos com quem entramos em contato. Ele nos levará a expressá-lo em pequenos atos de cortesia, a fazer concessões, a realizar ações de bondade, a falar palavras ternas, verdadeiras e encorajadoras. Levar-nos-á a simpatizar com aqueles cujo coração anseia por simpatia.10 ------------------------Capítulo 2 -- Como encontrar o companheiro ideal Ser prático CJN 21 1 Antes de assumir as responsabilidades que o casamento envolve, devem os jovens ter na vida prática uma experiência que os prepare para os deveres e encargos do mesmo.1 CJN 21 2 Visto como os homens bem como as mulheres têm parte na constituição do lar, tanto os rapazes como as moças devem obter conhecimento dos deveres domésticos. Fazer a cama e arranjar o quarto, lavar a louça, preparar a comida, lavar e consertar sua própria roupa, são conhecimentos que não tornarão um rapaz menos varonil; torná-lo-ão mais feliz e mais útil.2 CJN 21 3 Existem muitas moças que se casam, constituem família e que possuem pouco conhecimento prático dos deveres que cabem a uma esposa e mãe. Elas sabem ler e tocar algum instrumento musical, mas não sabem preparar um bom pão, que é essencial para a saúde da família. Elas não sabem cortar e fazer suas roupas porque nunca aprenderam como fazê-las. Consideram essas coisas sem importância e em sua vida matrimonial são tão dependentes de outra pessoa para fazer-lhes estas coisas, assim como são seus próprios filhinhos.3 O que um moço deve procurar numa esposa CJN 21 4 Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor.4 CJN 21 5 "A mulher prudente vem do Senhor." "O coração do seu marido confia nela." "Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias de sua vida." "Abre sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa, e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e lhe chamam bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas mulheres têm procedido virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas." "Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor do Senhor." Provérbios 19:14; 31:11, 12, 26-29; 18:22. CJN 22 1 Rolf era filho de um destacado pastor na Europa. A moça com quem ele desejava casar-se não tinha certeza se realmente o amava, porém Rolf insistia para que ela se comprometesse com ele. CJN 22 2 Havia outros problemas que demonstravam que ela não estava preparada para enfrentar as responsabilidades da vida matrimonial, tanto pelo temperamento ou pelo preparo. Ellen White faz algumas perguntas a Rolf que devem ser respondidas por todo moço que planeja se casar. Great Grimsby, Inglaterra CJN 23 1 23 de Setembro de 1886. CJN 23 1 Estimado Rolf, Enquanto estive em Basiléia conversei com Edith a respeito de suas atenções por ela. Perguntei-lhe se estava plenamente segura de que o ama o suficiente para unir seus interesses a você por toda vida. Ela respondeu que não estava totalmente decidida quanto a esse assunto. Disse-lhe que deveria saber exatamente que passos estava dando, que não deveria estimular as atenções de nenhum rapaz, mostrando-lhe preferência, a menos que realmente o amasse. CJN 23 2 Ela afirmou claramente que não sabe se o ama, todavia creio que se ela estivesse comprometida com você, poderiam vir a familiarizar-se. Porém, como estão as coisas, vocês não tiveram oportunidade de conhecer-se melhor. CJN 23 3 Tive razão para pensar que ela não aprecia os afazeres domésticos, e você deve ter uma esposa com quem possa estabelecer um lar feliz. Perguntei-lhe se tinha alguma experiência nos deveres que constituem um lar. Respondeu-me que fizera as tarefas da casa no lar da família de seu pai. Fiz essas perguntas, porque da forma como seu caráter me fora apresentado, ela precisava de algum preparo específico nos deveres práticos da vida, no entanto não tinha gosto ou inclinação para tais coisas. CJN 23 4 Disse-me que não havia decidido nada, que você era muito insistente e a amava, mas ela não podia dizer que o amava, embora você fosse muito bondoso e atencioso. Eu disse: "Então reflita. Não permita que ele leve isso avante." CJN 23 5 Disse-lhe que deveria considerar o propósito do casamento com você. Se por tal passo vocês glorificariam a Deus; se seriam mais espirituais, e se a vida de vocês seria mais útil. Os casamentos planejados de forma impulsiva e egoísta, geralmente não terminam bem, e sim, freqüentemente resultam em fracassos lamentáveis. CJN 23 6 Agora, Rolf, não posso dizer que é minha obrigação afirmar-lhe que não deveria casar-se com Edith, mas dizer-lhe que me interesso por você. Eis algumas coisas que devem ser consideradas: A pessoa com quem você deseja casar-se trará felicidade ao seu lar? Edith é uma pessoa econômica? ou ao casar-se usará não apenas tudo o que ganha, mas também o que você ganha para satisfazer sua vaidade, seu amor à aparência? São os seus princípios corretos neste aspecto? CJN 24 1 Creio que Edith não sabe o que é abnegação. Se tivesse oportunidade, ela encontraria maneiras para gastar até mesmo mais recursos do que tem gastado. Nela, satisfações egoístas nunca foram vencidas, e esse egoísmo natural tornou-se parte de sua vida. Ela deseja uma vida fácil e prazenteira. CJN 24 2 Devo falar-lhe claramente. Sei, Rolf, que se você se casasse com ela, estaria acasalado, mas não casado. Haveria deficiência nesta que você deseja tomar por esposa. E até onde a devoção e piedade cristãs dizem respeito, nunca se desenvolveriam onde tão grande egoísmo domina a alma. CJN 24 3 Escrevo-lhe, Rolf, da mesma forma como escreveria a meu filho. Há um grande e nobre serviço colocado diante de nós, e a parte que nos corresponde no mundo, depende inteiramente de nossos objetivos e propósitos na vida. Podemos estar seguindo um impulso. Você tem qualidades que o tornam um homem útil, porém se seguir sua inclinação, essa poderosa corrente de voluntariedade o arrastará. Estabeleça um alvo elevado e empenhe-se decididamente para alcançá-lo. CJN 24 4 Que este seja o propósito dominante de seu coração para desenvolver um homem completo em Cristo Jesus. Com Cristo você pode atuar corajosamente, sem Ele não pode fazer nada. Você tem determinação para cumprir o que propôs. Esse não será um traço censurável em seu caráter se todas as suas faculdades forem entregues a Deus. Por favor, tenha em mente que você não tem a liberdade para dispor de si mesmo de acordo com o que sua fantasia dite. Cristo o comprou por um preço infinito. Você é Sua propriedade, e em todos os seus planos, deve levar isso em conta. CJN 24 5 Principalmente em suas relações matrimoniais, seja cuidadoso ao escolher alguém que se manterá ombro a ombro com você no crescimento espiritual. CJN 24 6 Rolf, desejo que você considere todas estas coisas. Deus o ajude a orar sobre esse assunto. Os anjos estão observando esta luta. Deixo-o com esse assunto para que considere e decida por si mesmo. Ellen G. White. Perguntas que uma moça deve fazer antes de casar-se CJN 25 1 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? E o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Estas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que entra em matrimônio.5 CJN 25 2 Faça surgir as perguntas: Ajudar-me-á esta união na escalada para o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E aumentará minha esfera de utilidade nesta vida? Se estas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossegue, no temor de Deus. CJN 25 3 O verdadeiro amor é uma planta que precisa ser cultivada. Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições. Tem meu pretendente mãe? CJN 25 4 Qual é a qualidade do caráter dela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? Tem consideração para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá.6 CJN 26 1 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus.7 CJN 26 2 Esta carta a Nelli mostra algumas das mesmas perguntas da carta anterior dirigida a Rolf. O grupo com o qual ela estava se associando não era bom. Seu pretendente é irreverente, preguiçoso e usa linguagem torpe. Além disso, também possui outros hábitos duvidosos. Ellen White faz algumas perguntas bem diretas que podem aplicar-se a você também quando ler esta carta. Norfolk Villa, Prospect St. CJN 27 0 Granville, N. S. W., 9 de Agosto de 1894. CJN 27 1 Querida Nelli, Sou grata a Deus porque você ama a verdade e a Jesus. Anseio que continue seu caminho avante e para cima, a fim de atingir o padrão do caráter cristão revelado na Palavra de Deus. Que ela seja seu guia, e em tudo você possa ser moldada na conduta e no caráter de acordo com o que ela requer. CJN 27 2 Você é propriedade do Senhor tanto pela criação como pela redenção. Você pode ser uma luz em seu lar e continuamente exercer uma influência salvadora vivendo a verdade. Quando a verdade está no coração, sua influência salvadora é sentida por todos que vivem no lar. Uma responsabilidade santa repousa sobre você, e requer que mantenha a alma pura, consagrando-se inteiramente ao Senhor. CJN 27 3 Seus amigos, que são totalmente contrários às coisas espirituais, não são refinados, enobrecidos e elevados pela prática da verdade. Não estão sob a direção de Cristo, e sim sob a bandeira negra do príncipe das trevas. Associar-se com os que não temem nem amam a Deus -- a menos que seja com o propósito de conquistá-los para Jesus -- será um empecilho à sua espiritualidade. Se não puder elevá-los, a influência deles a afetará, corrompendo e contaminando sua fé. É correto que os trate amavelmente, mas não tanto que a faça amar e preferir a companhia deles. Porque se escolher a atmosfera que envolve-lhes a alma, abandonará a companhia de Jesus. CJN 27 4 Pela luz, que o Senhor achou por bem me conceder, advirto que está a perigo de ser enganada pelo inimigo. Está a perigo de escolher seu próprio caminho, de não seguir o conselho de Deus nem de andar em obediência à Sua vontade. O Senhor tem dado orientação a cada alma, para que assim nenhuma precise errar o caminho. Essas orientações representam tudo para nós, porque constituem o padrão a que cada filho e filha de Adão deve sujeitar-se. CJN 27 5 Você está justamente entrando na fase adulta de sua vida, e, se buscar a graça de Cristo, se seguir o caminho que Jesus indicar, tornar-se-á mais e mais uma verdadeira mulher. Crescerá em graça, virá a ser mais sábia pela experiência e quando avançar desta luz para uma luz maior, tornar-se-á mais feliz. Lembre-se que sua vida pertence a Jesus e você não vive exclusivamente para si. CJN 28 1 Evite os que são irreverentes. Evite quem é amante da ociosidade; evite quem zomba das coisas sagradas. Evite a companhia de quem usa linguagem profana ou é inclinado a tomar até mesmo um cálice de bebida alcoólica. Não ouça as propostas de um homem que não reconhece sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a alma lhe dará coragem para renunciar a mais agradável das amizades por aqueles que você sabe, não amam nem temem a Deus, e não sabem nada a respeito da verdadeira justiça. Podemos sempre tolerar as fraquezas e ignorância de um amigo, mas nunca seus vícios. CJN 28 2 Seja cautelosa em cada passo que der. Você necessita de Jesus a cada passo. Sua vida é demasiado preciosa para ser tratada como se fosse de pouca importância. O Calvário testifica o valor de sua alma. Consulte a Palavra de Deus, a fim de que possa saber como usar a vida que lhe foi comprada por um preço infinito. Como filha de Deus lhe é permitido contrair casamento somente no Senhor. Certifique-se de que não está seguindo a fantasia de seu próprio coração, e avance no temor de Deus. CJN 28 3 Se os crentes se associarem com os descrentes com o propósito de ganhá-los para Cristo, testemunharão em Seu favor, e tendo terminado sua missão, afastar-se-ão para respirar numa atmosfera pura e santa. Quando na companhia de incrédulos, lembre-se que você é uma representante de Jesus Cristo em caráter. Não permita que palavras frívolas e levianas, nem conversação vulgar sejam proferidas por seus lábios. CJN 28 4 Mantenha em mente o valor da alma, e lembre-se que é seu privilégio e seu dever colaborar com Deus de todas as maneiras possíveis. Não rebaixe-se ao nível dos incrédulos, nem zombe e diga as mesmas palavras vulgares. CJN 28 5 O Senhor será seu auxiliador. E se você confiar nEle, conduzi-la-á a uma nobre e elevada norma e colocará seus pés sobre a plataforma da verdade eterna. Através da graça de Cristo, você fará uso adequado das faculdades que lhe foram confiadas e se tornará uma representante do bem ao ganhar almas para Cristo. Cada talento que você possui deve ser utilizado do lado certo. CJN 29 1 Minha querida irmã, escrevo-lhe por amor a sua alma. Rogo que escute minhas palavras. Voltarei a lhe escrever quando encontrar tempo. CJN 29 2 Com amor cristão, Ellen G. White. ------------------------Capítulo 3 -- É realmente amor? CJN 31 1 Satanás está afanosamente empenhado em influenciar pessoas inteiramente desencontradas entre si, a ligarem seus interesses. Ele exulta nesta obra, pois pode assim trazer mais miséria e desesperado infortúnio à família humana do que exercendo sua habilidade em qualquer outro sentido.1 CJN 31 2 Muitos casamentos só podem produzir misérias; e no entanto o espírito dos jovens corre por esse trilho, porque Satanás os leva ali, fazendo-os crer que precisam casar para serem felizes, quando é certo que não possuem habilidade para controlar-se ou sustentar a família. Os que não estão dispostos a adaptar-se ao temperamento um do outro, bem como abandonar desagradáveis divergências e controvérsias, não devem dar o passo.2 CJN 31 3 Esse assunto de casamento deve ser um estudo, em vez de uma questão de impulso.3 É amor verdadeiro? CJN 31 4 O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado.4 CJN 31 5 O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente.5 CJN 31 6 É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro, não são irrazoáveis nem cegos.6 CJN 31 7 A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar -- estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes.7 Amor, uma planta terna CJN 32 1 O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência.8 CJN 32 2 Embora as mulheres desejem homens de caráter forte e nobre, a quem possam respeitar e amar, essas qualidades precisam estar combinadas com ternura e carinho, paciência e tolerância. A esposa, por sua vez, deve ser alegre, bondosa e dedicada, assemelhando seu gosto ao de seu marido até onde for possível, sem perder sua individualidade. Os dois devem cultivar paciência e bondade, assim esse terno amor de um para com o outro tornará a vida de casados deleitosa e agradável. CJN 32 3 Aqueles que têm idéias muito elevadas sobre a vida matrimonial, cuja imaginação tem construído castelos no ar, que não têm nada a ver com as perplexidades e problemas da vida, se encontrarão lamentavelmente desapontados diante da realidade. Quando a vida real vier com seus problemas e preocupações, eles estarão totalmente despreparados para enfrentá-los. Esperam perfeição um do outro, mas encontram fraquezas e defeitos; porque homens e mulheres finitos não são perfeitos. Então começam a encontrar defeito um no outro, e a expressar seu desapontamento. Em vez disto, devem tentar ajudar um ao outro a enfrentar corajosamente a batalha da vida.9 O poder do amor CJN 33 1 O amor é poder. Neste princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, e dele não se podem separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é potente para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer bem, e nada senão bem. CJN 33 2 Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quanto do amor alguém põe no que faz, do que na quantidade que realiza. CJN 33 3 O amor é de Deus. O coração não convertido é incapaz de originar ou produzir esta planta de procedência celeste, que só vive e floresce onde Cristo reina. ... O amor não trabalha pelo proveito nem pela recompensa; todavia foi ordenado por Deus que grande ganho acompanhe seguramente toda obra de amor. Este é difusivo em sua natureza e sem ruído em sua maneira de agir, e todavia forte e poderoso em seu desígnio de vencer grandes males. Sua influência é de molde a abrandar e a transformar, e tomará posse da vida dos pecadores e lhes tocará o coração quando todos os outros meios se houverem demonstrado infrutíferos. CJN 33 4 Onde quer que seja empregado o poder do intelecto, da autoridade ou da força, e não se achar manifestamente presente o amor, as afeições e a vontade daqueles a quem buscamos alcançar tomam uma atitude defensiva ou de repulsa, e acresce-lhes a força de resistência. ... CJN 33 5 O amor puro é simples em suas maneiras de agir, e distingue-se de qualquer outro princípio de ação. O amor da influência e o desejo de gozar a estima dos outros talvez produzam uma vida bem ordenada e, freqüentemente, uma conduta irrepreensível. O respeito de nós mesmos nos pode levar a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta pode praticar ações generosas, reconhecer a verdade presente, e exprimir humildade e afeição de maneira exterior, não obstante os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações emanadas de um coração assim podem ser destituídas do sabor da vida, dos frutos de verdadeira santidade, dos princípios do amor puro. CJN 34 1 O amor deve ser nutrido e cultivado, pois sua influência é divina.10 Quando o amor é cego CJN 35 1 Duas pessoas travam relações; tornam-se envaidecidas mutuamente, e têm absorvida toda a sua atenção. A razão fica cegada, subvertido o juízo. Não se submetem a nenhuma advertência ou direção, mas insistem em seguir seu próprio caminho, malgrado as conseqüências. CJN 35 2 O envaidecimento que os possui é como uma epidemia, ou alguma enfermidade contagiosa, que tem de seguir o seu curso; e parece impossível detê-los. Há talvez ao seu redor pessoas que reconhecem que, se as partes interessadas se unirem em casamento, poderia disso resultar tão-somente a infelicidade por toda a vida. Mas as exortações e instâncias que fazem, são debalde. Talvez, por semelhante união, seja mutilada ou destruída a utilidade de uma pessoa que Deus desejaria abençoar em Seu serviço; mas os arrazoamentos e a persuasão são desatendidos. CJN 35 3 Tudo o que possam dizer homens e mulheres de experiência, não tem efeito; é impotente para mudar a decisão a que os levaram seus desejos. Perdem o interesse no culto de oração e em tudo que faz parte da religião. Acham-se por completo envaidecidos um com o outro, e negligenciam os deveres da vida como se fossem questões de pouca importância. ... CJN 35 4 Sob o feitiço desse envaidecimento é sacrificado o bom nome da honra, e o casamento de tais pessoas não pode realizar-se com a aprovação de Deus. Casam-se porque a isso os levou a paixão, e passada a novidade do caso, começam a reconhecer o que fizeram. Dentro de seis meses depois de feitos os votos, seus sentimentos mútuos sofreram alteração. Cada um ficou conhecendo melhor, depois de casado, o caráter do companheiro escolhido. Cada qual descobre imperfeições que, durante a cegueira e loucura de sua associação antes de se casarem, não eram aparentes. As promessas feitas perante o altar já não os prendem. Em conseqüência de casamentos precipitados, mesmo entre o professo povo de Deus, há separações, divórcios, e grande confusão na igreja. ... CJN 36 1 Quando já é tarde demais, descobrem que cometeram erro e puseram em perigo sua felicidade nesta vida, e a salvação de sua alma. Achavam que nenhum outro sabia alguma coisa sobre o assunto; se, porém, tivessem aceito conselhos, poderiam ter-se poupado anos de ansiedade e tristezas. Mas, para com os que estão resolvidos a seguir o seu próprio caminho, os conselhos são debalde. A paixão leva essas pessoas através de todas as barreiras que a razão e juízo lhes possam contrapor.11 CJN 36 2 Pesem cada sentimento e observem todo desenvolvimento de caráter na pessoa a quem pretendem ligar o destino de sua vida. O passo que vão dar é um dos mais importantes de sua vida, e não deve ser dado precipitadamente. Conquanto possam amar, não amem cegamente.12 CJN 36 3 Espero que tenha respeito próprio suficiente para evitar esta forma de namoro. Se deseja sinceramente a glória de Deus, agirá com decidida cautela. Não tolerará que um doentio sentimentalismo amoroso lhe cegue a visão por tal forma, que não possa discernir os altos direitos de Deus sobre você como cristão.13 CJN 37 1 Várias questões desafiadoras são levantadas nesta carta. Parece que ambos são demasiado jovens e imaturos para pensar em casamento. São sugeridas algumas evidências de imaturidade. Há o problema de superficialidade por parte da moça. É considerada a questão se o amor é real ou paixão. Ellen White insiste com esse jovem para dar mais atenção ao caso e não pensar apenas no momento. Salem, Oregon CJN 38 0 8 de Julho de 1880. CJN 38 1 Estimado João, Sinto muito que você tenha se envolvido num namoro com Elizabete. Em primeiro lugar, sua ansiedade quanto a esse assunto é prematura. CJN 38 2 Falo-lhe como alguém que tem experiência. Espere até que você adquira algum conhecimento exato de si mesmo e do mundo, e da conduta e caráter da moça antes que o tema do casamento ocupe seus pensamentos. CJN 38 3 Elizabete nunca o elevará. Ela não possui as faculdades ocultas que, desenvolvidas, fariam dela uma mulher prudente e habilitada para permanecer ao seu lado, para auxiliá-lo nas lutas da vida. Falta-lhe amadurecimento de caráter. Não possui profundidade de pensamento nem mente aberta que poderiam lhe ser um auxílio. Você olha o superficial e isso é tudo que existe. Se você se casar, em pouco tempo o encanto será quebrado. Passada a novidade da vida de casados, você enxergará as coisas em seu aspecto real, e perceberá que cometeu um lamentável engano. CJN 38 4 O amor é um sentimento tão sagrado que poucos o experimentam. É um termo usado, mas não compreendido. O cálido fulgor do impulso, da fascinação de um rapaz por uma moça ou vice-versa, não é amor e não faz jus a esse nome. O verdadeiro amor tem base intelectual, através de um profundo conhecimento da pessoa amada. CJN 38 5 Lembre-se que o amor impulsivo é completamente cego. Tanto é depositado sobre coisas indignas como dignas. Controle esse amor para mantê-lo calmo e tranqüilo. Dê lugar ao pensamento genuíno e profundo, à reflexão intensa. É esse objeto de sua afeição, na escala de inteligência e excelência moral, em conduta e em boas maneiras, de tal natureza que sentirá orgulho ao apresentá-la à sua família, e ao reconhecê-la perante a sociedade como o objeto de sua escolha? Dê tempo suficiente a si mesmo para observá-la em cada ponto. E então não confie em sua própria decisão. Permita que a mãe que o ama, seu pai e amigos íntimos façam observações críticas àquela que você sente-se inclinado a preferir. Não confie em seu próprio julgamento. Não se case com alguém que, você sabe, não será uma honra para seus pais, e sim com alguém que tenha inteligência e dignidade moral. CJN 39 1 A moça que entrega suas afeições a um homem e atrai suas atenções através de suas insinuações, exibindo-se por toda parte onde será notada por ele, a menos que ele se mostre rude, não será a moça com quem queira unir-se. Sua conversação é vulgar e freqüentemente superficial. CJN 39 2 Será melhor não se casar nunca, do que estar casado e infeliz. Busque conselho de Deus em todas estas coisas. Seja tão calmo e submisso à vontade de Deus de modo que você não seja afetado por uma excitação febril, e assim desqualificado para Seu serviço devido a seus laços afetivos. CJN 39 3 Temos pouco tempo para armazenar tesouros de boas obras no Céu. Não cometa um erro nisso. Sirva a Deus com afeições não divididas. Seja zeloso e íntegro. Que seu exemplo seja de tal natureza que ajude outros a decidirem-se por Jesus. Os jovens não sabem o poder que sua influência pode ter. Trabalhe para este tempo e para a eternidade. Sua mãe adotiva, Ellen G. White. ------------------------Capítulo 4 -- Você precisa de ajuda? Fiz a escolha certa? CJN 41 1 Não devemos pôr a responsabilidade de nosso dever sobre outros, e esperar que eles nos digam o que fazer. Não podemos depender da humanidade quanto a conselhos. O Senhor nos ensinará nosso dever com tanta boa vontade como o faz a qualquer outro. Se a Ele nos achegarmos com fé, transmitir-nos-á pessoalmente os Seus mistérios. Nosso coração arderá muitas vezes dentro de nós ao aproximar-Se Alguém para comungar conosco como fez com Enoque. Os que decidem não fazer, em qualquer sentido, coisa alguma que desagrade a Deus, depois de Lhe apresentarem seu caso saberão a orientação que hão de tomar. E não receberão unicamente sabedoria, mas força. Ser-lhes-á comunicado poder para a obediência e para o serviço, assim como Cristo prometeu.1 CJN 41 2 O casamento é alguma coisa que influenciará e afetará sua vida tanto neste mundo como no porvir. Um cristão sincero não levará avante seus planos nessa direção sem conhecer que Deus lhe aprove as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. Não temos de nos agradar a nós mesmos, pois Cristo não Se agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deva casar-se com uma pessoa a quem não ame. Isto seria pecado. Porém a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de dirigir para a ruína. Deus requer todo coração, o supremo afeto.2 CJN 41 3 Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar no casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando pensam em dar esse passo. O casamento é uma coisa que influenciará e afetará sua vida, tanto neste mundo como no porvir. O cristão sincero não avançará os seus planos nesta direção sem ter o conhecimento de que Deus aprova seu proceder.3 CJN 42 1 Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida.4 CJN 42 2 Instituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se deve entrar nele com espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em dar esse passo, devem considerar-lhe solenemente e com oração a importância, e buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo uma direção em harmonia com a vontade de Deus. A instrução dada na Palavra de Deus a esse respeito deve ser cuidadosamente considerada. O Céu contempla com prazer o casamento formado com sincero desejo de conformar-se com as direções dadas na Escritura.5 CJN 42 3 Parece que Bela não quer receber conselhos de ninguém, nem mesmo das pessoas mais chegadas e mais interessadas na felicidade dela. Ellen White sugere que ela escute seus pais, e por sua vez está desapontada de que seus próprios conselhos têm sido ignorados. Ela pede a Bela que, caso não esteja disposta a buscar auxílio humano, deve volver-se para Deus. Eis duas cartas que a Sra. White escreveu para ela. Carta n 1 CJN 43 0 Battle Creek, Michigan, 1 de Março de 1889. CJN 43 1 Querida Bela, Espero encontrar-me com você para conversarmos. Temo imensamente que você menospreze a luz que o Senhor Se agradou em dar-lhe por meu intermédio. Sei que o Senhor lhe tem amor terno e compassivo e espero que você não esteja sob a tentação de ser induzida a seguir um rumo que separe sua alma de Deus. Há muitos que estão prontos a dar conselho e confundir a mente, que não têm a Deus como conselheiro. Portanto, tudo que eles possam dizer apenas confundirá ainda mais aqueles que já estão muito confusos. CJN 43 2 Bela, tais são a sua disposição e o seu temperamento, que me fazem temer muito por sua alma. Temo que não escolha por companheiros os que são prudentes, sábios e humildes de coração, que amam a Deus e guardam Seus mandamentos. CJN 43 3 Abster-se mesmo da aparência do mal, é a exortação do apóstolo inspirado. Você tem feito isto? O sensacional e o emocional são desenvolvidos mais plenamente do que o intelectual. Bela, tudo que intensifique essa tendência e a transforme numa força dominante deve ser evitado. Você tem virtudes motivadoras. Permita que elas sejam sem mácula e inteiramente dedicadas a Deus. Ele lhe conferiu capacidades e faculdades para serem santificadas e empregadas para Sua glória. CJN 43 4 Você tem uma história e está fazendo história. Nesta crise de sua vida, a mente pode ter uma predisposição, uma tendência para o que é vulgar mais do que para o que é refinado. As influências contaminadoras do mundo podem moldar seus hábitos, seu gosto, sua conversação e sua conduta. Você está do lado perdedor. Os preciosos momentos, tão solenes, cheios de resultados eternos, podem estar inteiramente do lado de Satanás neste assunto e podem evidenciar a sua ruína. Não desejo que aconteça isso. Desejo que você seja uma cristã, uma filha de Deus e uma herdeira do Céu. CJN 43 5 Está em perigo de abandonar a Cristo e tornar-se indiferente e indisposta a escutar um conselho sábio. O conselho do amor paterno se perde em ouvidos surdos. Bela, você se dispõe a pensar seriamente se aceitará o conselho dos mais experientes? Desejará ser guiada por seus amigos? O conselho paterno será desatendido? Tomará o caso em suas próprias mãos? CJN 44 1 Espero que mude suas atitudes, pois se o Senhor tem falado por meu intermédio, Ele agora lhe diz que volte atrás. Suas paixões são fortes, seus princípios estão ameaçados e não levará em consideração e nem seguirá o conselho que você sabe ser o melhor e o único claro, seguro e coerente. Você se decidirá a fazer o que é certo, a ser correta e a atender ao conselho que lhe tenho dado em nome do Senhor? Deus lhe concedeu faculdades. Serão elas desperdiçadas à toa? Esforços não orientados irão, com mais freqüência, na direção errada do que na certa. Permitirá que se sucedam anos de desobediência, de decepção e de vergonha? E você cause tantas impressões errôneas na mente das pessoas por causa de suas atitudes que nunca poderá ter aquela influência que poderia ter tido? CJN 44 2 Para conquistar aquilo que você pensa é liberdade, procura um rumo que, se seguido, a manterá em uma sujeição pior que a escravidão. Você deve mudar seu comportamento e ser guiada pelo conselho da experiência e por meio da sabedoria daqueles a quem o Senhor instrui, colocando sua vontade ao lado da vontade de Deus. CJN 44 3 Porém, se você estiver decidida a não escutar conselhos, a não ser os seus próprios, e a resolver cada problema por si mesma, então esteja certa que colherá o que semeou. Você deixará completamente o caminho correto, a não ser que ferida, magoada e diminuída em caráter religioso, se volte para o Senhor, humilde, arrependida e confessando seus erros. Você se cansará de golpear o ar. CJN 44 4 Lembre-se de que cada ação tem duplo propósito, ou é virtuosa ou desmoralizante. Deus está descontente com você. Pode permitir-se continuar na conduta que está seguindo? Ellen G. White. Carta n 2 CJN 45 1 Querida Bela, Novamente meu coração se dirige a você. Como está sua alma? Tem uma consciência livre de ofensas perante Deus e os homens? Suas amizades são de tal natureza a elevar sua mente a Deus e às coisas celestiais, a aumentar em você o respeito por seus pais, e as aspirações puras e santas? Ama a verdade e o que é correto? Ou está se entregando à imaginação criativa, que não tem influência sadia sobre a alma? Pode contemplar com satisfação o último ano de sua vida? Pode perceber crescimento em força espiritual? Qualquer satisfação vulgar, qualquer comodismo, deixa uma cicatriz na alma e as nobres virtudes da mente são corrompidas. Pode haver arrependimento, porém a alma está mutilada e levará sempre consigo sua cicatriz. Jesus pode limpar o pecado, mas a alma sofre uma perda. CJN 45 2 Bela, rogo-lhe que vá a Deus em busca de sabedoria. O mais difícil é controlar a si mesma. Suas próprias provações diárias, suas emoções e seu temperamento peculiar, seus impulsos interiores -- essas são as coisas mais difíceis de você controlar. Essas tendências voluntariosas a conduzem freqüentemente à escravidão e às trevas. CJN 45 3 Seu único caminho é entregar-se, sem reservas, nas mãos de Jesus -- e todos os seus hábitos, tentações, provações e impulsos -- e permitir que o Senhor a modele como o barro é modelado nas mãos do oleiro. Você não é dona de si, portanto há necessidade de entregar sua personalidade incontrolável nas mãos dAquele que pode dirigi-la. Então descanso, precioso descanso e paz sobrevirão à sua alma. CJN 45 4 Bela, ainda não é tarde demais para os erros serem corrigidos. Não é demasiado tarde para certificar-se de sua vocação e escolha. Agora você pode começar a operar no plano de adição. Adicione à sua fé virtude, conhecimento, temperança, paciência e todas as graças cristãs. As demais coisas perecerão no grande dia da conflagração, porém o ouro do caráter santo perdurará. Ele não conhece a decadência. Suportará a prova do fogo no último dia. Minha querida filha, desejo que se lembre de que "Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau". Eclesiastes 12:14. CJN 46 1 O que você está fazendo, Bela? Desde que decidiu rejeitar o conselho e recusar a advertência tem se tornado uma cristã firme e bem desenvolvida? Ou escolher seu próprio caminho tem lhe trazido inquietações, preocupações e ansiedades? CJN 46 2 Por que não ouve o conselho de seus pais? Diante de você está o caminho que conduz à ruína certa. Não se volverá enquanto pode? Buscará ao Senhor enquanto a doce voz da misericórdia lhe está convidando? Ou ainda preferirá seguir seu próprio caminho? O Senhor Se compadece de você. O Senhor a convida. Você aceitará? CJN 46 3 Que o Senhor a ajude a escolher ser inteiramente dEle. Ellen G. White. Os pais podem ajudar CJN 47 1 Se desfrutam a bênção de ter pais tementes a Deus, procurem deles conselhos. Abram-lhes suas esperanças e planos, aprendam as lições que lhes ensinaram as experiências da vida.6 CJN 47 2 Deve um filho ou uma filha escolher um companheiro sem primeiro consultar os pais, quando tal passo tem de afetar materialmente a felicidade dos pais, uma vez que tenham algum afeto a seus filhos? E deve esse filho, não obstante o conselho de seus pais, persistir em seguir sua própria direção? Respondo positivamente: Não; não, mesmo que ele nunca se haja de casar. O quinto mandamento proíbe tal orientação. "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." Eis um mandamento com uma promessa que o Senhor certamente cumprirá aos que obedecem. Os pais prudentes nunca escolherão para seus filhos companheiros sem o respeito para com os desejos deles.7 CJN 47 3 Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultem a Deus e a seus pais tementes a Deus, jovens amigos. Orem sobre o assunto. CJN 47 4 Se os filhos tivessem mais familiaridade com os pais, se neles confiassem e lhes desabafassem as alegrias e tristezas, poupar-se-iam muita mágoa futura. Quando se acham perplexos, sem saber qual o procedimento correto, exponham aos pais a questão, tal qual a consideram sob o seu ponto de vista, e peçam-lhes conselho. Quem seria tão capaz como os pais tementes a Deus, de lhes apontar os perigos? Quem tão bem como eles compreenderá seu temperamento particular? Os filhos que forem cristãos avaliarão acima de toda bênção terrena o amor e a aprovação dos pais tementes a Deus. Os pais podem simpatizar com os filhos, e orar por eles e com eles, para que Deus os proteja e guie.8 CJN 48 1 Esta carta focaliza a questão da responsabilidade dos pais. É evidente que Henrique está tentando insistir com a moça, mesmo contra a forte oposição dos pais dela e sem levar em consideração os sentimentos deles. Essa situação levanta a questão se os pais devem ser consultados no processo de escolher a esposa. O que acontece após casamento de tal natureza, até onde as relações com os pais dizem respeito? Ellen White apresenta tais conseqüências como dignas de ser consideradas. Genebra, Suíça CJN 49 0 16 de Dezembro de 1885 CJN 49 1 Estimado Henrique, Compreendo que deseja saber minha opinião a respeito deste assunto que o preocupa referente ao seu casamento com a filha do irmão Meyer. Entendo que o pai daquela, sobre quem você depositou seus sentimentos, não está querendo que sua filha se una em casamento com você. Embora me simpatize por você, devido à sua decepção, desejo dizer-lhe: Quem deve estar mais interessado em sua própria filha do que seu pai, como também sua mãe? CJN 49 2 Na realidade, sua insistência nesse assunto contra a vontade dos pais dela, é sinal que o Espírito de Deus não tem estado em primeiro lugar em seu coração e não tem sido uma força dominante em sua vida. Você tem força de vontade e firme e persistente determinação para cumprir qualquer coisa que se propuser. CJN 49 3 Analisará você, meu irmão, seu próprio espírito para criticar seus motivos a fim de verificar se tem nesse assunto a boa intenção de fazer todas as coisas para a glória de Deus? Foi-me mostrado os casos de vários jovens na Suíça que estavam envolvidos demais pelo assunto do casamento. Sua mente estava tão completamente ocupada com isso que eles estavam se desqualificando para fazer a obra que Deus desejava que fizessem. CJN 49 4 Foi-me mostrado um jovem que estava procurando fazer parte da família do irmão Meyer, a quem ele parecia não aceitar. O rapaz estava em grande provação e tormento mental. Não posso deixar de pensar que isso se aplica a você. Esse jovem não estava habilitado, em nenhum sentido, para assumir as responsabilidades de marido ou de uma família. Se a união logo se concretizasse, haveria como resultado grande infelicidade. CJN 49 5 Pois bem, irmão, meu conselho é que você entregue sua vontade e sentimentos a Deus e deponha-se sobre o Seu altar. CJN 49 6 Há o quinto mandamento que deve ser respeitado. Houvesse esse mandamento sido mais respeitado do que tem sido, houvessem os filhos sido mais obedientes a seus pais e os houvessem honrado, quanto sofrimento e miséria seriam poupados! A filha inexperiente não sabe discernir o que é para seu bem, nem sabe como escolher sabiamente o companheiro que tornará sua vida agradável e feliz. E um casamento infeliz é a maior calamidade que pode acontecer a ambos. CJN 50 1 Meu irmão, examinará rigorosamente seu coração para ver se está ou não no amor de Deus? Perceberá que tipo de sentimentos estão se originando contra o irmão Meyer, só porque não aprova a união entre você e a filha dele? Se realmente estivesse instruindo-se na escola de Cristo a tomar Seu jugo, a carregar Seu fardo, e a aprender da mansidão e humildade de coração de Jesus, você não insistiria de forma tão persistente em fazer sua vontade e seus desejos. CJN 50 2 Não se desqualifique por causa de sua forte resolução em conseguir seus objetivos a qualquer custo. Pare onde está e pergunte-se "Que espírito me controla?" Está amando a Deus de todo coração? Está amando ao seu próximo como a si mesmo? CJN 50 3 O dever primordial que repousa sobre a filha do irmão Meyer é obedecer e honrar a seus pais. Ela poderá fazê-lo se você não mantiver a mente dela tão indecisa, que não possa cumprir seu dever para com os pais. CJN 50 4 A mãe necessita do auxílio da filha, e quando ela estiver um pouco mais experiente, saberá melhor como escolher um marido que torne sua vida aprazível e feliz. Uma mulher que se deixa ser governada até nas menores questões da vida doméstica, que cede sua identidade, nunca será de muita serventia ou uma bênção ao mundo e não corresponderá ao propósito de Deus em sua existência. Ela não será mais que uma máquina, a ser guiada pela vontade e opinião de outra pessoa. Deus deu a cada um, homem e mulher, uma personalidade própria, uma individualidade. Todos devem agir por si mesmos segundo o temor de Deus. CJN 50 5 Existem tantos casamentos infelizes! Ficamos surpresos que os pais sejam cautelosos e queiram proteger seus filhos de qualquer união que não seja sábia e apropriada? Sua irmã em Cristo, Ellen G. White. Não manter a amizade em segredo CJN 51 1 O rapaz que anda em companhia de uma moça e conquista a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica, demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais. ... CJN 51 2 "Não furtarás", foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno do seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade e requer o reto procedimento sob todas as circunstâncias.9 ------------------------Capítulo 5 -- Sob controle Há poder em Cristo para controlar-se CJN 53 1 Todos são responsáveis por suas ações, enquanto são provados neste mundo. Todos terão poder para controlar suas ações se o quiserem. Se forem fracos na virtude, pureza de pensamentos e ações, poderão obter auxílio do Amigo do indefeso. Jesus está familiarizado com todas as fraquezas da natureza humana e, se Lhe rogarem, dará forças para vencer às mais poderosas tentações. Todos poderão obter essa força, se a buscarem com humildade.1 CJN 53 2 "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Eis o princípio que consiste na origem de cada ato, pensamento e motivo; a consagração de todo o ser, tanto físico como mental, deve estar sob o controle do Espírito de Deus. ... Você pode fazer todas as coisas através de Cristo, que o fortalece.2 Antes de dizer "sim!" CJN 53 3 Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como seja a do casamento, e tão vasta no alcance de seus resultados, não deve ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas.3 CJN 53 4 Afeições formadas em tenra idade têm muitas vezes resultado em uniões infelizes, ou em vergonhosas separações. As uniões precoces, formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. ... Depois de se haver tornado o juízo deles mais assentado, consideram-se ligados um ao outro por toda a vida, e talvez incapazes de se tornar mutuamente felizes. Então, em vez de fazer de sua sorte o melhor que podem, lançam-se recriminações, a brecha que os separa se alarga, até que se estabeleça positivamente a indiferença e a negligência mútuas. Para eles nada existe de sagrado na palavra "lar". Sua própria atmosfera acha-se envenenada por palavras desamorosas e amargas censuras.4 Noivados rompidos CJN 54 1 Mesmo que tenham chegado a um noivado sem pleno conhecimento do caráter da pessoa com quem pretendem unir-se, não pensem que o noivado constitua positiva necessidade de que pronunciem o voto matrimonial e liguem sua vida a uma pessoa a quem não possam amar e respeitar. Sejam muito cuidadosos quanto à maneira por que entram em um noivado condicional; porém é melhor, muito melhor, romper com o noivado antes do casamento, do que separar-se posteriormente, como fazem muitos.5 CJN 54 2 Mariana parece egocêntrica e voluntariosa, não empregando sempre o melhor critério na escolha de amigos. O moço que ela escolheu como pretendente é de uma família adventista distinta. No entanto, ele não é religioso, zombando da igreja e das coisas sagradas. Ele é falso e fingido na frente de Mariana, tentando aparentar ser algo que não é, para conquistar seu coração. Ellen White considera o efeito quase hipnótico que tal relacionamento pode ter e questiona algumas coisas que tocam o âmago da questão. Essex Junction, Vermont CJN 55 0 22 de Agosto de 1875 CJN 55 1 Querida Mariana, Foram-me mostradas algumas coisas referentes a você, que não consigo silenciar por mais tempo, porque sinto que está em perigo. Deus a ama e lhe tem dado claras evidências de Seu amor. Jesus a comprou com o Seu próprio sangue. E o que você tem feito por Ele? CJN 55 2 Você ama a si mesma, ama os prazeres e a companhia de rapazes. Não faz distinção entre o que é digno e o que é indigno. Não tem experiência e bom senso e está correndo o risco de tomar um rumo que demonstrará ser totalmente errôneo e resultará em sua ruína. Você tem sentimentos sadios, porém sua inexperiência faz com que os coloque sobre objetos impróprios. Você deve se prevenir e não seguir a disposição de sua mente. CJN 55 3 Minha querida filha, estamos vivendo entre os perigos dos últimos dias. Satanás está atento para corromper a mente da juventude com pensamentos, sentimentos e afinidades que eles consideram como amor real e genuíno e que não devem ser atrapalhados. O que foi me mostrado é o seu caso. Pouco sabe de quanta ansiedade e grandes preocupações seus pais têm sentido por você. CJN 55 4 Você não tem honrado a seus pais como Deus requer. O pecado que existe entre os filhos nessa geração é que eles são "desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, ... mais amigos dos deleites do que amigos de Deus". E essa situação existe em tal proporção que é mencionada na profecia como um dos sinais que estamos vivendo nos últimos dias do tempo do fim. CJN 55 5 Deus a reivindicou. Ele a tem abençoado com vida, saúde, aptidões e raciocínio que você pode desenvolver ou abusar excessivamente dessas faculdades ou qualidades, entregando-as ao domínio de Satanás. Você é responsável pelos talentos que Deus lhe tem concedido. CJN 55 6 Tirando o máximo proveito de seus privilégios, você pode capacitar-se para uma posição de influência e submissão ao dever. CJN 55 7 Em minha última visão, foi-me mostrado que há muitos jovens em Battle Creek que não têm o temor de Deus diante de si, e não estão, de forma alguma inclinados à religião. E ainda há outra classe, a dos escarnecedores. Entre estes encontra-se Arthur Jones. Em toda a sua vida tem sido rebelde. Tem desonrado a seus pais. Menospreza e se opõe à sujeição do lar e à autoridade paterna. Não se submete. O espírito rebelde lhe é tão natural como sua respiração. É briguento em casa, desobediente, violento, orgulhoso, ingrato e profano. Você está favorecendo tal espírito. Está permitindo que suas afeições se entreguem a esse rapaz. Pare exatamente onde está. Não permita que esse assunto avance nem mais um passo. CJN 56 1 Foi-me mostrado que ele é um escarnecedor da religião, um incrédulo desprezível, um céptico. Ele zomba das coisas sagradas. Simula um exterior correto para manter sua aprovação, mas em toda a sua vida tem sido um rebelde no lar e contra Deus. CJN 56 2 Não importa como lhe fala e engana, Deus o vê como realmente ele é. Por isso advirto-lhe que não acalente sentimentos de afeto por esse rapaz. Desfaça toda ligação íntima e estreita com ele. É indigno de seu amor. Ele não a respeitará se não respeita nem honra seus próprios pais. CJN 56 3 Você não deve mostrar-se tão disposta a entregar-lhe os sentimentos do coração. Você é jovem e ingênua. Certamente será enganada, a menos que esteja vigilante. Deus tem propósitos para você e Satanás deseja atrapalhar. Entregue-se sem reservas a Deus; una-se ao Céu. CJN 56 4 Não se afaste de seu Redentor por causa de um jovem sem religião, um escarnecedor das coisas sagradas. Corte imediatamente a intimidade existente entre vocês. Não siga sua inclinação, e sim o seu Salvador. Vida eterna, minha querida filha, vida eterna é o que deve desejar a qualquer custo. Não a sacrifique por seu mero prazer, por seguir seus próprios sentimentos, e sim entregue-se a Jesus, ame-O e viva para Sua glória. CJN 56 5 Faça uso destas palavras escritas, atue de acordo com elas e Deus a abençoará abundantemente. Aceite a repreensão como proveniente de Deus, aceite o conselho e a advertência dados com amor. CJN 56 6 Deus lhe tem concedido oportunidades áureas. Aperfeiçoe-as. Aproveite ao máximo o tempo que você tem agora. Faça com que sua alma busque a Deus fervorosamente. Humilhe seu coração diante dEle e na simplicidade de uma fé humilde, tome sua cruz e suas responsabilidades e siga o Modelo que lhe foi dado. O Céu parecerá barato. A preciosa vida eterna será concedida a todos os que escolherem o caminho da humilde obediência. CJN 57 1 De agora em diante, você fará uma mudança total em sua vida e procurará conhecer a vontade de Deus no que diz respeito a você? Não negligencie esse tempo de privilégio, mas agora, exatamente agora, coloque tudo aos pés de Jesus e sirva-O com todas as suas afeições. Deus a ajudará a romper os grilhões a que Satanás tem tentado prendê-la. Com pressa e muito amor, Ellen G. White. CJN 58 1 Essa carta contém algumas das advertências e conselhos mais severos da serva do Senhor encontrados nesse livro. Parece que Elizabete tem tantos problemas pessoais e fraquezas que seu caso está perdido. A princípio esta carta soa como um juízo final de Deus, porém exatamente no meio de toda a repreensão encontram-se as seguintes palavras de encorajamento:"Não considero seu caso sem esperança; se fosse assim, minha caneta não estaria escrevendo estas linhas." Ellen White conclui com um forte apelo para a conversão de Elizabete. CJN 59 2 Prezada Elizabete, Foi-me mostrado que você estava em perigo de cair sob o controle completo do grande adversário das almas. Você tem se oposto à restrição, é obstinada, voluntariosa, teimosa e tem causado muitos desgostos para seus pais. Eles erraram. Seu pai a mimou imprudentemente. Você se aproveitou disso e tornou-se fingida. Recebeu aprovação que não merece. CJN 59 3 Na escola você tinha um bom e nobre professor, no entanto sentia-se indignada porque era refreada. Pensava que por ser a filha do Pastor Cole, seu professor devia mostrar preferência por você e não devia tomar a liberdade de corrigi-la e repreendê-la. Enquanto estava na escola, algumas vezes fora incômoda, atrevida e provocadora. Faltou-lhe muita modéstia e decoro. Foi ousada, egoísta e orgulhosa e precisava de disciplina firme tanto em casa como na escola. CJN 59 4 Você formou idéias errôneas a respeito da amizade entre moças e rapazes, e se agrada muito em estar na companhia de rapazes. Está se prejudicando ao ler histórias de amor e romances, e sua mente está enfeitiçada por pensamentos impuros. Sua imaginação se tornou depravada, e até mesmo você parece não ter poder para dominar seus pensamentos. Satanás a leva cativa de acordo com a vontade dele. CJN 59 5 Sua conduta não tem sido honesta, modesta ou adequada. Você não tem o temor de Deus diante de seus olhos. Minha querida, a menos que pare exatamente onde está, certamente a ruína estará diante de você. Ponha fim a suas fantasias, a seus castelos no ar. Impeça que seus pensamentos incorram no canal da tolice e da desmoralização. CJN 59 6 Se se entrega a fantasias vãs, permitindo que a mente se demore em pensamentos impuros, você é, em certo grau, tão culpada perante Deus como se seus pensamentos fossem levados à ação. A única coisa que impede a ação é a falta de oportunidade. CJN 59 7 Tem que se transformar numa fiel sentinela de seus olhos, ouvidos e todos os seus sentidos se quiser controlar a mente e evitar que pensamentos impuros e corruptos manchem sua alma. CJN 59 8 Se as paixões e afeições forem sujeitas à razão, consciência e caráter, a imaginação deve ser controlada de forma absoluta e contínua. Você está em perigo porque está exatamente a ponto de sacrificar seus interesses eternos sobre o altar da paixão. Paixão que está obtendo domínio absoluto de todo o seu ser, e de que qualidade? de natureza vil e destrutiva. CJN 60 1 Apelo para que pare onde está. Não avance nem mais um passo em seu procedimento obstinado e desenfreado, pois a miséria e a morte estão diante de você. A menos que exerça autocontrole sobre suas paixões e afeições, certamente trará desonra sobre si e sobre todos que estão à sua volta, e desgraça sobre seu caráter que perdurará enquanto você viver. CJN 60 2 Não considero seu caso sem esperança; se fosse assim, minha caneta não estaria escrevendo estas linhas. Você pode redimir o passado no poder de Deus. Pode agora mesmo alcançar excelência moral, de modo que o seu nome seja associado com coisas puras e santas. Você pode ser elevada. Deus tem providenciado os auxílios necessários. CJN 60 3 Pensa tanto em si mesma e em sua própria esperteza, que isso tem lhe conduzido a tal fingimento e presunção, que quase fazem de você uma tola. Tem uma língua enganosa, que delicia-se com a deturpação e a falsidade. Oh, minha querida, se tão-somente pudesse acordar, se sua consciência entorpecida e enfraquecida fosse despertada. Se pudesse cultivar uma impressão constante da presença de Deus e manter-se submissa ao domínio de uma consciência iluminada e vigilante, você seria feliz e seria uma bênção para seus pais, cujo coração você magoou. Você pode ser um instrumento de justiça para suas amizades. Precisa de uma conversão completa, e sem ela está no fel da amargura e nos grilhões da iniqüidade. CJN 60 4 Tire de sua cabeça de menina a idéia de casamento. Você não está preparada em nenhum sentido para isso. Você necessita de anos de experiência antes que esteja habilitada para compreender os deveres e dedicar-se aos encargos da vida matrimonial. CJN 60 5 Pode tornar-se uma moça prudente, honesta e virtuosa, mas não sem veemente esforço. Deve vigiar, orar, refletir e examinar seus motivos e ações. Analise rigorosamente seus sentimentos e atos. Cometeria uma ação impura na presença de seu pai? Certamente não. No entanto, o faz na presença do Pai celestial, que é muito mais sublime, santo e puro. Sim, você corrompe seu próprio corpo na presença de anjos puros e sem pecado e na presença de Cristo. Continua a fazer isso sem levar em conta a consciência, a luz e as advertências que lhe são dadas. CJN 61 1 Entregue-se a Cristo sem demora. Somente Ele, pelo poder de Sua graça, pode resgatá-la da ruína. Somente Ele pode devolver a saúde às suas faculdades morais e mentais. Seu coração pode ser aquecido com o amor de Deus; seu entendimento ser claro e amadurecido; sua consciência ser iluminada, vivaz e pura; sua vontade reta e santificada, submissa ao controle do Espírito de Deus. Pode fazer de si mesma o que desejar. Se agora você der meia-volta, cessar de pecar e aprender a fazer o bem, então certamente será feliz e bem-sucedida nas batalhas da vida. Elevar-se-á à glória e honra na vida melhor. "Escolha hoje a quem você servirá." Ellen G. White. Não moldar-se aos costumes do mundo CJN 62 1 Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a alma vagará em trevas.6 CJN 62 2 Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em suas bocas.7 CJN 62 3 É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça.8 A pornografia e sua mente CJN 63 1 Muitos dos jovens são ávidos por livros. Lêem tudo que conseguem. Gravuras impuras têm influência corruptora. Novelas são avidamente ouvidas por muitos, e em resultado, a imaginação torna-se-lhes manchada. Fotografias de mulheres em estado desnudo são freqüentemente oferecidas à venda. CJN 63 2 Este é um século em que a corrupção prolifera por toda parte. A concupiscência dos olhos e corruptas paixões são despertadas pela contemplação e pela leitura. O coração corrompe-se pela imaginação. A mente toma prazer em contemplar cenas que despertam as paixões baixas e vis. CJN 63 3 Evitem ler e ver coisas que sugiram pensamentos impuros. Cultivem as faculdades morais e intelectuais. Não deixem que essas nobres qualidades sejam enfraquecidas e pervertidas pela muita leitura, mesmo de livros de contos.9 CJN 63 4 Satanás desceu com grande poder para efetuar seus enganos. Ele volta a atenção da mente para coisas impuras e ilícitas. Os cristãos tornam-se como Cristo em caráter pela contemplação do Modelo divino. Aquilo com que entram em contato tem uma influência modeladora sobre a vida e o caráter. Li sobre um pintor que nunca contemplava uma pintura imperfeita, nem por um momento sequer, temendo que ela tivesse influência danificadora sobre seus próprios olhos e conceitos. Aquilo que nos permitimos contemplar e pensar com mais frequência, se transfere em grande parte para nós.10 ------------------------Capítulo 6 -- Responsabilidade sexual Responsabilidade sexual de jovens cristãos CJN 65 1 A entrega de todas as faculdades a Deus, simplifica grandemente o problema da vida. Enfraquece e abrevia milhares de lutas com as paixões do coração natural.1 CJN 65 2 As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação.2 CJN 65 3 Um pouco de tempo passado a semear joio, queridos amigos jovens, produzirá uma colheita que lhes fará amarga a vida inteira; uma hora de irreflexão -- o ceder uma vez à tentação -- pode lhes desviar todo o curso da vida para uma direção errada. Não podem ser jovens senão uma vez; tornem útil essa juventude. Uma vez passado o caminho, não poderão retroceder para retificar os erros cometidos. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus, colocando-se no caminho da tentação, há de infalivelmente cair. Deus está provando cada jovem.3 CJN 65 4 A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. CJN 65 5 Não procurem saber quão perto podem andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder da resistência têm de ser acariciado firme e constantemente.4 CJN 66 1 Toda paixão não santificada deve ser mantida sob o domínio da razão santificada através da graça que Deus outorga abundantemente em cada emergência. Porém, que não se crie uma emergência, que não haja ato voluntário que coloque alguém onde será assaltado pela tentação, nem dê o menor motivo para que outros o achem culpado de imprudência.5 CJN 66 2 Enquanto a vida durar, há necessidade de resguardar as afeições e paixões com firme propósito. Há corrupção interior, há tentações exteriores, e sempre que a obra de Deus deve avançar, Satanás traça um plano para dispor das circunstâncias para que a tentação venha com força opressora sobre a alma. Em nenhum momento podemos estar seguros, a menos que confiemos em Deus, a vida oculta com Cristo em Deus.6 CJN 67 1 Segundo parece, William está completamente apaixonado por Carol. Nesta seqüência de cartas, percebemos o contínuo esforço de Ellen White para tentar ajudá-lo. Carol tem estimulado uma amizade que absorve quase que totalmente a atenção de ambos. Isso tem ido muito além dos limites do que é correto e honrado, e eles estão profundamente envolvidos nas práticas que, como Ellen White disse, devem ser reservadas para o casamento. CJN 67 2 Tal relacionamento ameaça a utilidade futura tanto de William como de Carol. Ellen White insiste para que eles rompam esse relacionamento, ou então se casem, para não arruinar a reputação de ambos e o efeito de seu testemunho como cristãos. Carta n 1 CJN 68 0 Ballardvale, Massachusetts, Agosto de 1879. CJN 68 1 Estimado William, Fui para minha tenda com o coração quebrantado, a fim de aliviar minha mente escrevendo a você algumas das coisas que foram-me mostradas em visão. CJN 68 2 O Senhor me mostrou que sua ligação com Carol, não foi, de forma alguma, planejada para ajudá-lo moralmente ou para fortalecê-lo espiritualmente. Você fez algumas débeis tentativas para desligar-se dela, porém logo renovou suas atenções para com ela. Algumas vezes ela provocando e você correspondendo. CJN 68 3 Você tem dispendido horas noturnas em sua companhia porque ambos estão apaixonados. Ela afirma que o ama, no entanto não conhece o amor puro de um coração despretensioso. CJN 68 4 Foi-me mostrado que você está fascinado, enganado, e que Satanás se regozija de que alguém que dificilmente possua um traço de caráter que poderia convertê-la numa esposa agradável e tornar um lar feliz, tenha influência sobre você para separá-lo da mãe que o ama com amor constante. Em nome do Senhor, ponha fim às suas atenções para com Carol ou case-se com ela -- não escandalize a causa de Deus. CJN 68 5 Você tem seguido seu próprio caminho sem levar em conta as conseqüências. Seu coração rebelou-se contra sua mãe porque ela não pode, de maneira alguma, aceitar Carol ou aprovar a atenção que você lhe dedica. CJN 68 6 A intimidade formada com Carol não tem propensão a aproximá-lo do Senhor ou a santificá-lo através da verdade. Você está arriscando seus interesses eternos na companhia dessa moça. CJN 68 7 Carol espera casar-se com você, e você a tem incentivado a esperar por isso devido às suas atenções. Sua felicidade nesta e na vida futura está em perigo. Você tem atendido às enganosas e tolas petições dela e seguido seu próprio juízo, o que não faz de você um cristão mais firme e um filho mais fiel e consciencioso. Se a atmosfera que a circunda lhe é a mais aprazível, se ela preenche suas aspirações a respeito de uma esposa que estará na direção de sua família, se em seu julgamento sereno, conduzido pela luz que lhe foi concedida por Deus, o exemplo dela for digno de imitação, você pode não só casar-se com ela como também estar em sua companhia e comportar-se como o marido e a esposa deve comportar-se um com o outro. CJN 69 1 Seus atos e conversação são ofensivos a Deus. Os anjos de Deus registram suas palavras e ações. A luz lhe tem sido concedida, porém você não a atende. A conduta que tem seguido é uma vergonha à causa de Deus. Seu comportamento é inconveniente e anticristão. Quando cada um deveria estar em sua casa dormindo, estão na companhia e nos braços um do outro quase a noite inteira. Têm seus pensamentos sido mais puros, mais santos, mais enobrecidos e elevados? Tem uma visão nítida do dever -- um amor maior por Deus e pela verdade? Sua amiga, Ellen G. White. Carta n 2 CJN 70 0 12 de Janeiro de 1880. CJN 70 1 Prezado William, Levantei-me cedo esta manhã. Minha mente não está em paz no que diz respeito a você. Seu caso foi-me mostrado. O Livro do Céu se abriu e li um registro de sua vida. CJN 70 2 Você lançava sobre si a mais amarga crítica por ter confiado em seu próprio juízo e caminhado em sua própria sabedoria. Rejeitou a voz de Deus e desprezou as advertências e conselhos de Seus servos. Seguiu com perseverança e persistência seus próprios caminhos perniciosos, nos quais o caminho da verdade foi blasfemado e almas que poderiam ter sido salvas por seu intermédio se perderam. CJN 70 3 Muito mais poderia relatar a seu respeito, mas isso é suficiente por ora. Senti-me agradecida quando saí da visão e percebi que não era a realidade presente, que o tempo de graça se prolongava. E agora, peço-lhe que se apresse e não brinque mais com as coisas eternas. CJN 70 4 Você se vangloria de ser honesto, mas não é. Por sua conduta tem estado e ainda está soldando os grilhões que o prenderão na mesma escravidão com Carol. Tem rejeitado a voz de Deus e tem atendido a voz de Satanás. Age como um homem destituído de bom senso e por quem? Por uma moça sem princípios, sem um traço de caráter realmente digno de amor, arrogante, extravagante, voluntariosa, não consagrada, impaciente, obstinada, sem afeto natural e impulsiva. Se vocês se separassem completamente, ela ainda poderia ter uma melhor oportunidade para examinar-se e humilhar o coração diante de Deus. CJN 70 5 Sempre há um período crítico na vida de um rapaz quando se separa das influências e conselhos sábios do lar e enfrenta novas situações e provas difíceis. Se, contra sua vontade ou por escolha própria, é colocado em situações perigosas e depende de Deus para buscar força, cultivando o amor de Deus em seu coração, será guardado de ceder à tentação pelo poder de Deus que o colocou naquela situação difícil. CJN 70 6 Que diferença entre o caso de José e o de jovens que aparentemente forçam sua entrada no terreno do inimigo, expondo-se aos impetuosos ataques de Satanás! CJN 71 1 O Senhor fez José prosperar. Porém em meio à sua prosperidade veio a adversidade mais sombria. A esposa de seu senhor era uma mulher licenciosa, que o incitou em direção ao inferno. Renderia José seu áureo caráter moral às seduções de uma mulher depravada? Lembrar-se-ia de que os olhos de Deus estavam sobre ele? CJN 71 2 Poucas tentações são tão perigosas e fatais para os jovens como a sensualidade. E quem se render provará ser ela claramente ruinosa para a alma e para o corpo, no presente e na eternidade. O bem-estar de todo o futuro de José dependia da decisão de um momento. Calmamente José dirige seus olhos ao Céu e clama por ajuda, livra-se de sua capa exterior, deixando-a nas mãos de sua tentadora. E enquanto seus olhos brilham com determinação resoluta, em lugar de uma paixão não santificada, ele exclama: "Como posso cometer esse grande mal e pecar contra Deus?" A vitória está ganha, ele escapa da sedutora; está salvo. CJN 71 3 Você tem tido oportunidade de mostrar se a sua religião é uma realidade prática. Tem tomado liberdades à vista de Deus e dos santos anjos que não tomaria na presença de seus amigos. A verdadeira religião compreende todos os pensamentos da mente, penetrando todas a intenções secretas do coração e todos os motivos de ação; o objeto e a direção dos afetos e toda a estrutura de nossa vida. CJN 71 4 "Tu és Deus que vê", seja a senha, a sentinela da vida. Você pode aceitar essas lições. Você necessita aprender. Que Deus o ajude. Ellen G. White. Carta n 3 CJN 72 0 Hornellsville, Nova Iorque. CJN 72 1 Estimado William, Sinto sincero interesse que esse último apelo não seja tratado com indiferença como foi o anterior. Se não atender a esse, será o último convite que receberá. CJN 72 2 Resta agora ver se você seguirá o caminho de paixão que escolheu, e se Carol, após sua confissão fará o mesmo que tem feito. Foi-me mostrada sua conduta como segue: ela admitiria e depois atrairia suas simpatias da maneira mais comovente por meio de cartas e conversação. Você fora novamente atraído por ela para lhe oferecer simpatia e estímulo, pois estava tão fraco e completamente cego que outra vez fora enredado por ela mais firmemente do que antes. CJN 72 3 Foi-me mostrado que você estava em sua companhia altas horas da noite; você sabe muito bem de que modo essas horas foram dispendidas. Pediu-me para dizer se você havia transgredido os mandamentos de Deus. Pergunto-lhe: Não os está transgredindo? Como foram empregadas as horas que passaram juntos noite após noite? Foram sua postura, atitude e afetos tais que desejaria que fossem registrados no Livro do Céu? Vi e ouvi coisas que deixariam os anjos ruborizados. CJN 72 4 Nenhum rapaz deve fazer o que você fez com Carol, a menos que esteja casado com ela. Fiquei muito surpresa ao saber que você não vê esse assunto em sua verdadeira luz. Escrevo-lhe agora para implorar, por amor a sua alma, que não brinque mais com a tentação. Apresse-se para pôr fim a esse encanto que, como um pesadelo horrível, o tem envolvido. Liberte-se agora e para sempre se tiver algum anseio pelo favor de Deus. CJN 72 5 O caminho que tem seguido é suficiente para destruir a confiança em você como um homem honesto e cristão. Você não faria o que fez se não estivesse sob o sedutor poder de Satanás. Continuo, porém, em dúvida se você mudará seu comportamento. Conheço a força que mantém o encantamento sobre você e espero que a perceba e a sinta antes que seja tarde demais. Você fará uma mudança completa e romperá a ligação com Carol? Ela fará a parte dela? Se não fizer isso, então case-se com ela de uma vez e desonrem a vocês e não mais a causa de Deus. CJN 73 1 Você tem falhado significativamente em quase todos os aspectos. Agora, no resto de sua vida procure recuperar o que perdeu. Que o Livro do Céu ofereça um registro diferente de sua conduta. CJN 73 2 Deus o abençoe. Ellen G. White. Carta n 4 CJN 74 0 Setembro de 1880. CJN 74 1 Querido William, Fiquei contente em receber sua carta e apreciei ler suas sugestões de permanecer onde está até que tenha recuperado ou desfeito a influência errônea que exerceu. Fico feliz de que se sinta assim. Como você sabe, escrevi explícita e claramente da forma que as coisas foram-me mostradas. E a consideração que tenho por sua alma levou-me a relatar o seu caso do modo como foi me mostrado, como de grande perigo. Será difícil para você enxergar dessa maneira, mas em um sonho que tive na noite passada, você estava dizendo para a sua mãe: "Se as coisas são realmente desta forma, não adianta eu me esforçar, pois vou falhar." CJN 74 2 Eu disse, William, que quando você tentar com toda perseverança e determinação voltar atrás e se libertar da armadilha de Satanás, se livrará de sua escravidão e será um homem livre. Exigirá muita força de vontade, no poder de Jesus, para romper a força do hábito e abandonar o adversário das almas que você tem acolhido por tanto tempo. Troque de hóspedes e convide Jesus para tomar posse do templo de sua alma. Ele, porém, não divide o coração com Satanás. Você pode agora mesmo, nesse instante, fazer um esforço decidido, não por seu poder, mas pelo poder de Jesus. CJN 74 3 Abra seu coração diante de Deus, confesse e abandone as coisas que o têm separado dEle. A obra do arrependimento deve começar com sua mãe. Nunca se aproximará da luz se não fizer isso. Não deixe de fazer o que deve ser feito para corrigir os erros, pois agora você chegou ao momento decisivo. CJN 74 4 Terá a provação porque será provado por Deus. Se sair puro como o ouro, então Deus o usará. Não seja incrédulo e sim confiante. Sua provação não será deleitosa no presente, mas muito dolorosa. Mais tarde, porém, produzirá o pacífico fruto da justiça. "Pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija?" Hebreus 12:6, 7. CJN 74 5 Agora seus passos devem descer profundamente pelo vale da humilhação. Você tem pensado: "Minha montanha permanece firme. Posso suster-me. "No entanto, sua experiência passada e sua situação presente é que deve lhe dar um claro discernimento da depravação do homem por causa de seu afastamento de Deus. CJN 75 1 Meu querido jovem, por amor a Cristo, não continue se enganando em sua conduta. Trabalhe como se fosse para a eternidade. Não consulte a si mesmo. Abra o coração perante Deus para que não caia sobre você aquela rocha e o reduza a pó. CJN 75 2 Que mais devo lhe dizer? Que posso dizer? Desejo que seja salvo. Desejo que seja perfeito diante de Deus. Com amor, Ellen G. White. Brincando com corações CJN 76 1 Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostrarão preferência por moças e lhes despertarão as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. CJN 76 2 Esta disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações.7 CJN 77 1 Escrevo com mágoa no coração que as mulheres deste século, casadas ou não, com demasiada frequência não mantêm a reserva que é de esperar. Elas agem como coquetes. Encorajam a atenção de homens casados e solteiros, e os que possuem faculdades morais debilitadas são enredados. São despertados pensamentos que o não seriam se a mulher tivesse mantido sua posição de modéstia e sobriedade. CJN 77 2 Mediante circunspecção, reserva, não tomando liberdades, não recebendo atenções não permissíveis, mas preservando alto tono moral e impecável dignidade, muito mal pode ser evitado.8 CJN 77 3 As mulheres são muitas vezes tentadoras. Sob este ou aquele pretexto cativam a atenção dos homens, sejam casados ou solteiros, e continuam seduzindo-os até que tenham transgredido a lei de Deus, tornando-se inaptos para o trabalho, e sua alma esteja em risco. CJN 77 4 Não deviam as mulheres que professam a verdade pôr-se em estrita guarda, a fim de não darem o menor pretexto para qualquer intimidade indébita? Poderão fechar muitas portas à tentação observando perfeito recato e conduta exemplar.9 CJN 77 5 Janete é impulsiva e está em perigo de tomar decisões que afetarão sua vida e seu testemunho para com os outros de forma negativa. Ellen White insiste para que ela coloque os estudos em primeiro plano e assim se prepare para uma vida útil ao Senhor. CJN 77 6 Ela trabalhou por um período de tempo no lar de Ellen White, de modo que se familiarizaram pessoalmente uma com a outra. Hastings, Nova Zelândia CJN 78 0 13 de Setembro de 1893. CJN 78 1 Querida Janete, Fui despertada às 3:00 horas da madrugada. Durante a noite estive numa conversação intensa com você e eu dizia: "Janete, o Senhor tem uma obra para você." Eu estava expondo diante de você os perigos de sua vida passada. CJN 78 2 Sinto o peso depositado em mim de manter um vigilante cuidado por sua alma. Você corre o risco de cometer graves equívocos ao seguir seus impulsos. Deus a salvou de assumir relações matrimoniais com pessoas que, de forma alguma estavam preparadas para fazê-la feliz, que eram de moral pervertida e que a teriam prendido na armadilha de Satanás, onde você seria infeliz nesta vida e poria em perigo sua alma. As lições do passado não lhe são suficientes? Você é liberal demais com suas afeições e se lhe fosse permitido seguir sua própria conduta, cometeria um erro que perduraria por toda sua vida. Não se venda num mercado barato. CJN 78 3 Você deve cuidar e não ser imprudente na escolha de suas amizades. Deve avançar, tanto quanto for possível, com as vantagens de uma educação intelectual, a fim de desempenhar sua parte no serviço de Deus. Necessita de um desenvolvimento vigoroso e simétrico das faculdades mentais e de um desenvolvimento cultural múltiplo, oportuno e cristão para tornar-se uma verdadeira obreira de Deus. CJN 78 4 Deve considerar cada passo, na luz de que você não é dona de si, foi comprada por um preço. Escrevo-lhe isso agora e escreverei de novo em breve, porque foi colocado diante de mim o erro de sua vida passada. Não me atrevo a reter mais as súplicas intensas de que se mantenha rigorosamente sob disciplina. CJN 78 5 Está agora em sua vida de estudante; demore sua mente em assuntos espirituais. Afaste de sua vida todo o sentimentalismo. Encontra-se no período de formação de caráter; coisa alguma deve ser considerada trivial ou sem importância uma vez que lhe prejudique os mais altos e santos interesses, sua eficiência no preparo para fazer a obra que Deus lhe designou. CJN 78 6 É seu dever eliminar cada traço de caráter censurável para que possa ser completa em Cristo Jesus. Você tem grande reserva de afeto e necessitará ser constantemente vigiada para que não o outorgue a propósitos indignos. O caráter é formado pela utilidade e pelo dever, através do estudo da vida e do caráter de Jesus Cristo, que é o nosso Modelo. CJN 79 1 Nunca poderá ser cuidadosa e meticulosa demais em todos os seus caminhos. Que sua influência seja de tal natureza que ajude e abençoe outros onde quer que você esteja. Deus tem uma obra para você. Em nenhum caso coloque seu pescoço sob um jugo que lhe será torturante por toda sua vida. Seja honesta consigo mesma e com Deus, e obterá o Seu favor, que é mais valioso do que a própria vida. Oro para que o Senhor a abençoe abundantemente. Ellen G. White. ------------------------Capítulo 7 -- Sombras sobre o lar Sombras sobre o lar CJN 81 1 O coração anela o amor humano, mas esse amor não é bastante forte, ou bastante puro, ou precioso bastante, para suprir o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador pode a esposa encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Deve constituí-Lo sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a qualquer amigo terreno, e não assuma nenhumas relações que entrem em atrito com isto. CJN 81 2 Os que encontram a verdadeira felicidade, precisam da bênção dos Céus sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de miséria a tantos corações e lares. Minha irmã, a menos que deseje ter um lar de onde nunca se levantam as sombras, não se una com um homem que é inimigo de Deus. CJN 81 3 Unir-se a um incrédulo é colocar-se no terreno de Satanás. Você ofende o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Pode sujeitar-se a tão terríveis desvantagens na peleja da batalha pela vida eterna?1 CJN 81 4 "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai que está nos Céus." Mateus 18:19. Quão estranho, porém, o que se nos depara! Enquanto um daqueles que se acham tão estreitamente unidos está empenhado em devoção, o outro vive indiferente e descuidoso; ao passo que um busca o caminho da vida eterna, o outro segue a estrada larga que conduz à morte.2 "Poderão andar dois juntos, se não estiverem de acordo?" CJN 81 5 Foram-me mostrados casos de pessoas que professam a verdade, e cometeram grande erro casando-se com incrédulos. Foi por eles nutrida a esperança de que a parte não crente havia de abraçar a verdade; uma vez que essa parte conseguiu seu objetivo, porém, fica mais afastado da verdade que dantes. Começam então as sutis operações, os contínuos esforços do inimigo para desviar o crente da fé. CJN 82 1 Muitos há que estão perdendo o interesse e a confiança na verdade, por se haverem metido em íntimo contato com incrédulos. Respiram uma atmosfera de dúvida, de desconfiança, de infidelidade. Têm a incredulidade diante dos olhos, dos ouvidos, e afinal a acalentam. Alguns talvez tenham valor de resistir a essas influências; em muitos casos, porém, sua fé fica imperceptivelmente minada, destruída afinal. ... CJN 82 2 Bem sabe Satanás que o momento que testemunha o enlace de muitos rapazes e moças, põe um ponto final em sua história religiosa, em sua utilidade nesse sentido. Acham-se perdidos para Cristo. Poderão, por algum tempo, fazer um esforço para viver a vida cristã; todos esses esforços, no entanto, são feitos contra decidida corrente em sentido contrário. Outrora era para eles um privilégio e prazer falar acerca de sua fé e esperança; chegam, porém, a relutar para mencionar tal assunto, sabendo que aquele com quem uniram o destino não tem nenhum interesse no mesmo. Em consequência, perece no coração a fé na preciosa verdade, e Satanás tece insidiosamente em torno deles uma rede de cepticismo. ... CJN 82 3 O crente raciocina que, nas novas relações, tem de conceder alguma coisa ao companheiro de sua escolha. São patrocinados entretenimentos sociais, mundanos. A princípio com grande relutância de sentimentos por parte do crente ao fazer isto, mas depois o interesse na verdade vai-se tornando cada vez menor, e a fé se transforma em dúvida e incredulidade. ... CJN 82 4 Que deve fazer todo crente quando levado a essa posição probante para a solidez dos princípios religiosos? Com firmeza digna de imitação, deve ele dizer francamente: "Sou um cristão consciencioso. Creio que o sétimo dia da semana é o sábado bíblico. Nossa fé e princípios são tão diversos, que levam a direções opostas. Não nos é possível ser felizes juntos, pois se prossigo em adquirir mais perfeito conhecimento da vontade de Deus, tornar-me-ei mais e mais diferente do mundo, e mais me assemelharei a Cristo. Se você continua a não ver nenhuma beleza em Jesus, nenhuma atração na verdade, amará o mundo, que eu não posso amar, ao passo que eu me deleitarei nas coisas de Deus que você não pode apreciar. ... CJN 83 1 "Não se sentirá feliz; terá ciúmes da afeição que consagro a Deus; e sentir-me-ei só em minha crença religiosa. Quando se mudarem seus pontos de vista, quando seu coração atender aos reclamos de Deus, e aprender a amar a meu Salvador, então poderemos reatar nossas relações." CJN 83 2 O crente faz então por Cristo um sacrifício que sua consciência aprovará, e que mostra que ele estima a vida eterna demasiado alto para correr o risco de perdê-la. Sente que melhor lhe é permanecer solteiro do que ligar seus interesses por toda a vida com uma pessoa que prefere o mundo a Jesus. ... CJN 83 3 Há de uma pessoa que está em busca da glória, honra, imortalidade, vida eterna, formar união com outra que se recusa a entrar na fileira com os soldados da cruz de Cristo? Haverá você, que professa escolher a Cristo como seu chefe e ser-Lhe obediente, em tudo, de unir seus interesses com uma pessoa que é governada pelo príncipe dos poderes das trevas? "Podem dois andar juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. ... CJN 83 4 Centenas de pessoas têm sacrificado a Cristo e ao Céu em consequência de haverem desposado um inconverso. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo seja de tão pouco valor para eles, que prefiram a companhia de pobres mortais?3 CJN 84 1 A carta dirigida a Rose trata, talvez, do mais perigoso problema para as moças -- a questão de casar-se com um descrente. Essa controvérsia certamente é um dos mais sérios desafios para um casamento cristão feliz. CJN 84 2 O ponto que Ellen White considera com Rose é o de que toda moça deve pensar seriamente -- "não dê ouvidos a promessas". E melhor que a questão do compromisso espiritual seja estabelecida antes do casamento e não depois. Como é sugerido nesta carta, "é uma questão de vida ou morte". Copenhague, Dinamarca CJN 85 0 3 de Junho de 1887. CJN 85 1 Querida Rose, Fiquei sabendo que você está planejando se casar com um homem descrente. Não posso escrever-lhe uma carta longa, no entanto digo que se você der esse passo, divergirá da mais clara ordem da Palavra de Deus e não poderá esperar ou reclamar Sua bênção sobre tal união. Todas as promessas de Deus estão condicionadas à obediência a Ele. CJN 85 2 Satanás está prestes a levar a mente e a alma a seguir uma conduta diretamente contrária à expressa vontade de Deus, de modo que ele possa separar essa alma de Deus, interpor suas tentações e obter controle sobre a mente e os sentimentos do coração. Esse é o plano premeditado de Satanás para levar almas a afastar-se dAquele que é poderoso em conselho e para a persuasão das mentes que não têm amor a Deus, nem à verdade. CJN 85 3 Deus a tem abençoado com grande luz e o Senhor espera que você observe a vontade dEle, para seguir cuidadosamente as orientações dadas em Sua Palavra. Você está cega, enlaçada para sua ruína. Tem razão para ser grata a Deus a cada hora. Confie nEle, cuja sabedoria é concedida em conselho em Sua santa Palavra. Ele Se preocupa com Seus filhos mais do que os pais mais afetuosos. Vê o fim desde o princípio, por essa razão nos deixou promessas e advertências. Proibiu a Seus filhos de seguir determinado caminho que será ruinoso para eles. CJN 85 4 O apóstolo Paulo envia uma nota de advertência sobre esse assunto para este tempo. "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que, saí vós do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; e não toqueis coisa imunda, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. CJN 85 5 O Senhor proibiu expressamente Seu povo de casar-se com descrentes. Deus sabe o que é melhor para os interesses eternos e para o bem presente da alma. Advirto-lhe que se afaste desse terreno proibido. CJN 86 1 Poderia contar-lhe diferentes casos que Deus me mostrou de pessoas na Europa que cometeram um erro semelhante ao que você está cometendo agora. A triste realidade que agora experimentam de estar ligados a cônjuges descrentes, impedidos de todo crescimento espiritual, apesar das solenes promessas feitas de que não os estorvariam de maneira alguma em seus privilégios religiosos. De que valem suas promessas? As mais solenes promessas são quebradas! Como poderia ser de outro modo quando cada um serve a generais diferentes, um em oposição ao outro? Onde, então, está a doce harmonia? CJN 86 2 Rose, observe bem os seus passos. Não dê ouvidos a promessas, creia apenas na Palavra de Deus que a fará sábia para a salvação. Não confie em seu próprio coração porque ele é enganoso mais que todas as coisas e desesperadamente pecaminoso. Amo sua alma porque você é aquisição do sangue de Jesus Cristo. Ele pagou um alto preço por sua redenção, e você não se pertence para dispor de si mesma como achar melhor. Deve prestar conta solene no juízo de como se tem apropriado das faculdades que Deus lhe concedeu. CJN 86 3 Essas coisas exigem de você séria reflexão e conduta resoluta em conformidade com as claras orientações estabelecidas na Palavra de Deus. Agora é o seu tempo de tentação, de provação; resistirá ao inimigo? Ou se colocará numa posição onde o poder dele será exercido sobre você? CJN 86 4 Esta é uma questão de vida ou morte para você. Que o Senhor a ajude a enxergar cada cilada de Satanás e a evitá-la. Apegue-se a Jesus com coração, alma, mente e força. Ellen G. White. CJN 87 1 Esta carta a Laura considera a questão de casar-se com um descrente, como fez a anterior dirigida a Rose. Algumas perguntas bem precisas são feitas pela mensageira. Como você as responderia se estivesse no lugar de Laura? CJN 87 2 Ao ler esta carta, outras perguntas podem ser aplicadas a cada moça que tem em mente tal casamento. Está sendo franca e honesta com o rapaz que deseja se casar com você? CJN 87 3 Nesta carta publicada em Testemunhos Seletos 2:119-125, Ellen White define um descrente como alguém que "não aceitou a verdade para este tempo". Santa Helena, Califórnia CJN 88 0 13 de Fevereiro de 1885. CJN 88 1 Prezada Laura, Eu soube de seu planejado casamento com pessoa que não se acha unida a você na fé religiosa, e receio que não tenha pesado cuidadosamente esta importante questão. Antes de dar um passo que há de exercer influência sobre toda a sua vida futura, insto com você para que dê ao caso cuidadoso estudo e oração. Demonstrar-se-á este novo parentesco uma fonte de verdadeira felicidade? Ser-lhe-á um auxílio na vida cristã? Será agradável a Deus? Será seu exemplo de molde que possa com segurança ser seguido por outros? CJN 88 2 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que. a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Estas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. CJN 88 3 É preciso religião no lar. Só ela pode prevenir os ofensivos erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina, pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, e suas santas vigílias santificarão a câmara matrimonial. CJN 88 4 Como uma pessoa que espera enfrentar essas palavras no juízo, eu te suplico que pondere o passo que pretende dar. Pergunte-se a si mesma: "Não desviará um marido descrente os meus pensamentos de Jesus? Ele é amante dos prazeres mais que amante de Deus; não me levará a apreciar as coisas de que gosta?" A vereda para a vida eterna é íngreme e escabrosa. Não tome sobre si fardos além dos necessários, que retardem seu progresso. CJN 89 1 O Senhor ordenou ao Israel antigo que não se permitissem casamentos com pessoas das nações idólatras ao seu redor. É dada a razão para isso. A Infinita Sabedoria, prevendo o resultado de semelhantes uniões, declara: "Pois fariam desviar teus filhos de Mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria." "Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há." CJN 89 2 No Novo Testamento existem proibições semelhantes acerca do casamento de cristãos com ímpios. "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça?" CJN 89 3 Laura, ousa desrespeitar estas direções claras e positivas? Como filha de Deus, súdita do reino de Cristo, aquisição de Seu sangue, como pode ligar-se a um que não reconhece Suas reivindicações, que não é controlado por Seu Espírito? As ordens que citei não são palavras de homens, mas de Deus. Mesmo que o companheiro de sua escolha fosse em todos os outros respeitos digno (o que, porém, ele não é), no entanto ele não aceitou a verdade para este tempo; é um descrente, e é pelo Céu proibida de unir-se a ele. Não pode, sem perigo para sua alma, desrespeitar esta ordem divina. CJN 89 4 Você poderá dizer: "Mas eu dei minha palavra, e deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrate-a sem demora, e em humildade diante de Deus arrependa-se da vaidade que a levou a dar a palavra tão precipitadamente. Muito melhor é retirar tal promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e desonrar por esse meio seu Criador. CJN 89 5 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença para com os ensinos da Palavra de Deus acerca do casamento de cristão com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus preferem seguir a inclinação de seu próprio espírito, em vez de tomarem conselho com a Sabedoria Infinita. Em uma questão que interessa vitalmente a felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o porvir, a razão, o juízo e o temor de Deus são postos de parte, permitindo-se que domine o cego impulso, a obstinada determinação. CJN 89 6 Homens e mulheres de outro modo sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos aos conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes, e dos servos de Deus. A expressão de um aviso ou advertência é considerada impertinente intromissão, e o amigo que é fiel bastante para pronunciar uma admoestação, é tratado como inimigo. CJN 90 1 Tudo isto é como Satanás deseja. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o pescoço da concupiscência, a paixão não santificada toma o domínio até que, demasiado tarde, a vítima desperta para uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro traçado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente. CJN 90 2 Por anos tenho estado a receber cartas de diferentes pessoas que contraíram casamento infeliz, e as revoltantes histórias que me apresentaram são bastantes para confranger o coração. Não é coisa fácil decidir que conselho possa ser dado a esses infelizes, ou como sua dura sorte possa ser aliviada; mas sua triste experiência deveria servir de advertência aos outros. CJN 90 3 Você está sob a mais sagrada obrigação de não apoucar ou comprometer sua santa fé, unindo-se aos inimigos do Senhor. Se é tentada a desprezar as ordens de Sua Palavra porque outros assim fizeram, lembre-se de que seu exemplo também exercerá influência. Outros procederão como você, e assim o mal se estenderá. CJN 90 4 Os mais fortes incentivos à fidelidade são-nos apresentados, os mais elevados motivos, as recompensas mais gloriosas. Devem os cristãos ser representantes de Cristo, filhos e filhas de Deus. CJN 90 5 Queira Deus ajudá-la a resistir à prova e conservar sua integridade. Apegue-se, pela fé, a Jesus. Não decepcione seu Redentor. CJN 90 6 Com o mais profundo afeto. Ellen G. White. Arriscará você seu casamento? CJN 91 1 O incrédulo poderá ser dotado de excelente caráter moral; o fato, porém, de que ele ou ela não atendeu às reivindicações de Deus, e negligenciou tão grande salvação, é razão suficiente para que se não consume tal união. ... CJN 91 2 Alega-se por vezes que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos em cada dez triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido, e vão sendo derribadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. Mesmo nos festejos das bodas, o espírito mundano triunfa da consciência, da fé e da verdade. No novo lar não é respeitada a hora da oração. A noiva e o noivo preferiram-se um ao outro e despediram a Jesus. CJN 91 3 A princípio talvez o incrédulo não manifeste oposição; quando, porém, é apresentado à sua atenção o assunto da verdade bíblica, para que o considere, ergue-se imediatamente o sentimento: "Você casou comigo sabendo que eu era o que sou; não quero ser incomodado. Daqui em diante fique entendido que são proibidas as conversas sobre seus peculiares pontos de vista." Caso o crente manifestasse qualquer zelo especial com relação a sua fé, pareceria descortês para com aquele que não toma nenhum interesse na vida cristã.4 CJN 92 1 Pesem, os que pretendem casar-se, todo sentimento e observem todas as modalidades de caráter naquele com quem desejam unir o destino de sua vida. Seja todo passo em direção da aliança matrimonial, caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade e o sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar.5 CJN 93 1 Tiago White e Ellen Harmon se casaram em 30 de Agosto de 1846. Não foi tirada foto do casamento naquela época, mas essa fotografia tirada em 1864, representou aquela ocasião. CJN 95 1 Uma reprodução do certificado de casamento de Tiago e Ellen White. Um juiz de paz fez o casamento do casal porque, como crentes na segunda vinda de Cristo no meio da década de 1840, provavelmente estavam desligados de suas igrejas. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, não organizada até 1863, não possuía ministros credenciados quando eles se casaram em 1846. ------------------------Conselhos sobre Mordomia CM 7 1 Capítulo 1 -- Coobreiros de Deus CM 10 1 Capítulo 2 -- Nosso generoso benfeitor CM 12 1 Capítulo 3 -- Razões para dar CM 15 1 Capítulo 4 -- Um conflito de princípios CM 17 1 Capítulo 5 -- Onde Cristo habita há beneficência CM 19 1 Capítulo 6 -- Pregando sermões práticos CM 21 1 Capítulo 7 -- A obra do Senhor deve ser mantida CM 26 1 Capítulo 8 -- Apego de todo o coração à igreja CM 29 1 Capítulo 9 -- A voz da consagração CM 32 1 Capítulo 10 -- Apelo a maior fervor CM 37 1 Capítulo 11 -- Vendendo casas e propriedades CM 39 1 Capítulo 12 -- Uma prova de lealdade CM 42 1 Capítulo 13 -- Apoiado sobre princípios eternos CM 45 1 Capítulo 14 -- Um plano belo e simples CM 48 1 Capítulo 15 -- Uma questão de honestidade CM 50 1 Capítulo 16 -- Regularidade e planejamento CM 52 1 Capítulo 17 -- A mensagem de Malaquias CM 57 1 Capítulo 18 -- Provemos o Senhor CM 59 1 Capítulo 19 -- Apropriando-se dos fundos de reserva de Deus CM 61 1 Capítulo 20 -- A resposta de uma consciência desperta CM 65 1 Capítulo 21 -- O emprego do dízimo CM 67 1 Capítulo 22 -- Educação pelos pastores e oficiais da igreja CM 70 1 Capítulo 23 -- Os princípios da mordomia CM 72 1 Capítulo 24 -- Nossos talentos CM 75 1 Capítulo 25 -- Responsabilidades do homem de um talento CM 78 1 Capítulo 26 -- Roubando a Deus o justo serviço CM 81 1 Capítulo 27 -- Enfrentando o dia do juízo CM 83 1 Capítulo 28 -- A riqueza é um talento confiado CM 88 1 Capítulo 29 -- Métodos de adquirir riquezas CM 92 1 Capítulo 30 -- Perigo na prosperidade CM 97 1 Capítulo 31 -- Ciladas de Satanás CM 99 1 Capítulo 32 -- Riqueza mal-empregada CM 101 1 Capítulo 33 -- Compadecer-se dos pobres CM 106 1 Capítulo 34 -- É recomendada a liberalidade CM 110 1 Capítulo 35 -- Preciosos à vista de Deus CM 113 1 Capítulo 36 -- Favores recebidos e comunicados CM 115 1 Capítulo 37 -- Deus está preparando o caminho CM 117 1 Capítulo 38 -- O trabalho da recolta de donativos CM 119 1 Capítulo 39 -- O verdadeiro motivo de todo serviço CM 122 1 Capítulo 40 -- Ofertas voluntárias CM 124 1 Capítulo 41 -- Métodos populares de apelo CM 128 1 Capítulo 42 -- O perigo da cobiça CM 133 1 Capítulo 43 -- Procurando servir a Deus e a Mamom CM 137 1 Capítulo 44 -- Os que professam em vão CM 141 1 Capítulo 45 -- O apego às riquezas CM 144 1 Capítulo 46 -- A tentação de especular CM 148 1 Capítulo 47 -- Investimentos insensatos CM 150 1 Capítulo 48 -- Vivendo dentro das receitas CM 152 1 Capítulo 49 -- Trazendo descrédito à causa de Deus CM 154 1 Capítulo 50 -- Apelo à oração ou mudança de ocupação CM 156 1 Capítulo 51 -- Pagar as dívidas dos prédios de igreja CM 160 1 Capítulo 52 -- Evitando dívidas institucionais CM 165 1 Capítulo 53 -- Deixando de avaliar o custo CM 168 1 Capítulo 54 -- Avançando com fé CM 171 1 Capítulo 55 -- Palavras de um conselheiro divino CM 173 1 Capítulo 56 -- Confiado à honra dos homens CM 176 1 Capítulo 57 -- Palavras aos jovens CM 180 1 Capítulo 58 -- Apelo à economia CM 185 1 Capítulo 59 -- Promessas que ligam a Deus CM 187 1 Capítulo 60 -- O pecado de Ananias CM 189 1 Capítulo 61 -- Um contrato com Deus CM 192 1 Capítulo 62 -- Preparo para a morte CM 197 1 Capítulo 63 -- A mordomia é uma responsabilidade pessoal CM 199 1 Capítulo 64 -- Transferindo as responsabilidades para outros CM 201 1 Capítulo 65 -- O lugar da recompensa como motivo no serviço CM 203 1 Capítulo 66 -- Tesouro no céu CM 205 1 Capítulo 67 -- Bênçãos temporais para os beneficentes CM 207 1 Capítulo 68 -- Participando das alegrias dos remidos ------------------------Capítulo 1 -- Coobreiros de Deus CM 7 1 "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares". Provérbios 3:9, 10. CM 7 2 "Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros que retêm mais do que é justo, mas é para a sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regado". Provérbios 11:24, 25. CM 7 3 "O liberal projeta coisas liberais, e pela liberalidade está em pé". Isaías 32:8. CM 7 4 A sabedoria divina designou, no plano da salvação, a lei de ação e reação, tornando a obra da beneficência, em todas as suas modalidades, duplamente abençoada. Aquele que dá aos pobres abençoa outros, e é abençoado, em escala maior ainda. CM 7 5 A magnificência do evangelho -- Para que o homem não perdesse os benditos resultados da caridade, nosso Redentor formou o plano de alistá-lo como coobreiro Seu. Deus poderia ter atingido o Seu objetivo de salvar pecadores, sem o auxílio do homem; mas sabia que o homem não poderia ser feliz sem desempenhar uma parte na grande obra. Por uma cadeia de circunstâncias que haveriam de despertar no homem os sentimentos de caridade, concede-lhe Ele os melhores meios de cultivar a beneficência, e o conserva dando habitualmente para ajudar os pobres e para avançar Sua causa. Por suas necessidades, um mundo arruinado está derivando de nós talentos de meios e influência, para apresentar a homens e mulheres a verdade, por cuja falta estão a perecer. E ao atendermos a esses chamados, pelo trabalho e por atos de caridade, tornamo-nos semelhantes à imagem dAquele que por nossa causa Se fez pobre. Dando, abençoamos outros, e assim acumulamos verdadeiras riquezas. CM 7 6 A glória do evangelho é ter ele base no princípio de restaurar na raça caída a imagem divina, por uma constante manifestação de beneficência. Esta obra começou nas cortes celestiais. Ali deu Deus aos seres humanos uma prova inequívoca do amor que a eles nutre. "Amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. O dom de Cristo revela o coração do Pai. Testifica que, havendo empreendido nossa redenção, Ele não poupará coisa alguma, por cara que Lhe seja, a qual se necessite para completar Sua obra. CM 8 1 O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O abnegado amor de Cristo é revelado na cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, deu Ele tudo quanto possuía, e em seguida Se deu a Si mesmo. A cruz de Cristo apela para a beneficência de todo seguidor do bendito Salvador. O princípio ali ilustrado é dar, dar. Isto levado a efeito em real beneficência e boas obras, é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos é adquirir, adquirir, e assim esperam conseguir felicidade; mas, levado a efeito em todos os seus aspectos, o fruto é miséria e morte. CM 8 2 A luz do evangelho que brilha da cruz de Cristo reprova o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não deveria ser fato de ser lamentado, o haver cada vez mais pedidos para dar. Deus, em Sua providência, está chamando Seu povo para fora de sua limitada esfera de ação, a fim de que se dediquem a maiores empreendimentos. Esforço ilimitado é o que se requer neste tempo em que trevas morais cobrem o mundo. Muitos do povo de Deus estão em perigo de ser enredados pela mundanidade e cobiça. Deveriam compreender que a Sua misericórdia é que multiplica os pedidos de seus meios. Têm que ser-lhes apresentados objetivos que estimulem a beneficência, ou do contrário não poderão imitar o caráter do grande Exemplo. CM 8 3 As bênçãos da mordomia -- Dando aos discípulos a comissão de ir "por todo o mundo" e pregar "o evangelho a toda a criatura", Cristo designou aos homens a obra de disseminar o conhecimento de Sua graça. Porém, enquanto alguns saem a pregar, Ele roga a outros que atendam a Seus pedidos de ofertas, para manter Sua causa na Terra. Pôs Ele meios nas mãos dos homens, para que Seus dons divinos possam fluir através de canais humanos, fazendo nós a obra que nos foi designada, de salvar nossos semelhantes. Esta é uma das maneiras em que Deus exalta o homem. É justamente a obra de que o homem precisa; pois lhes despertará no coração as mais profundas simpatias, e porá em função as mais elevadas faculdades da mente. CM 8 4 Tudo quanto de bom há na Terra, aqui foi colocado pela dadivosa mão de Deus, como uma expressão de Seu amor ao homem. Os pobres são Seus, e Sua é a causa da religião. O ouro e a prata pertencem ao Senhor; e Ele os poderia fazer chover do Céu, se o quisesse. Mas em vez disso fez Ele do homem o Seu mordomo, confiando-lhe recursos não para que fossem acumulados, mas usados em benefício de outros. Deste modo torna o homem o meio pelo qual distribui Suas bênçãos na Terra. Deus planejou o sistema de beneficência, a fim de que o homem se pudesse tornar como seu Criador: de índole benevolente e abnegada, e ser finalmente co-participante de Cristo, da eterna, gloriosa recompensa. CM 8 5 Reunindo-se ao redor da cruz -- O amor expresso no Calvário deve ser reavivado, fortalecido e difundido entre nossas igrejas. Não devemos nós fazer tudo quanto podemos para tornar eficazes os princípios que Cristo trouxe ao mundo? Não nos devemos esforçar para estabelecer e tornar eficazes os empreendimentos de beneficência que agora são reclamados sem demora? Ao estardes perante a cruz, e verdes o Príncipe do Céu morrendo por vós, podeis fechar o coração, dizendo: "Não, não tenho nada para dar"? CM 9 1 O crente povo de Cristo deve perpetuar o Seu amor. Este amor deve atraí-los juntamente em torno da cruz. Deve despi-los de todo o egoísmo e ligá-los a Deus e uns aos outros. CM 9 2 Reuni-vos ao redor da Cruz do Calvário, em sacrifício e abnegação. Deus vos abençoará ao fazerdes o melhor que podeis. Ao vos aproximardes do trono pela áurea cadeia baixada do Céu à Terra, para arrancar homens do abismo do pecado, vosso coração se expandirá em amor aos vossos irmãos e irmãs que estão sem Deus e sem esperança no mundo. -- Testemunhos Seletos 3:403, 404. ------------------------Capítulo 2 -- Nosso generoso benfeitor CM 10 1 Manifesta-se o poder de Deus no bater do coração, na ação dos pulmões, e nas correntes vivas que circulam pelos mil diferentes condutos do corpo. Somos-Lhe devedores por todo momento de existência, e por todos os confortos da vida. As faculdades e habilitações que elevam o homem acima da criação inferior, são dotes do Criador. CM 10 2 Ele nos cumula de benefícios Seus. Somos-Lhe devedores do alimento que comemos, da água que bebemos, da roupa que vestimos, do ar que respiramos. Sem a Sua especial providência, o ar estaria cheio de pestilência e de veneno. Ele é generoso benfeitor e preservador. CM 10 3 O Sol que brilha sobre a Terra, e embeleza toda a Natureza, a encantadora e solene luminosidade da Lua, os esplendores do firmamento, salpicado de brilhantes estrelas, as chuvas que refrescam a terra, e fazem florescer a vegetação, as preciosas coisas da Natureza em toda a sua variada riqueza, as árvores altaneiras, os arbustos e as plantas, o grão tremulante, o céu azul, a terra verde, a mudança do dia e da noite, a renovação das estações, tudo fala ao homem do amor de seu Criador. CM 10 4 Tem-nos Ele ligado a Si mesmo por todos esses laços do Céu e da Terra. Cuida de nós com mais ternura do que cuida uma mãe de um filho em aflição. "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem". -- The Review and Herald, 18 de Novembro de 1888. CM 10 5 Recipientes contínuos para dar continuamente -- Assim como continuamente estamos recebendo as bênçãos de Deus, assim devemos nós estar continuamente dando. Quando o Benfeitor celeste deixar de nos dar, então poderemos ser desculpados; pois então nada teremos para dar. Deus nunca nos deixou sem nenhuma evidência de Seu amor, pelo fato de nos ter feito o bem. [...] CM 10 6 Cada momento somos mantidos pelo cuidado de Deus e sustentados pelo Seu poder. Ele enche nossa mesa de alimento. Dá-nos sono pacífico e refrigerador. Semanalmente traz-nos o sábado, a fim de que possamos descansar de nossos trabalhos temporais e adorá-Lo em Sua própria casa. Deu-nos Sua Palavra, para que fosse uma lâmpada para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho. Nas suas sagradas páginas, encontramos sábios conselhos; e sempre que a Ele elevamos nosso coração em contrição e fé, concede-nos as bênçãos de Sua graça. Acima de tudo, está o dom infinito do querido Filho de Deus, através do qual fluem todas as outras bênçãos para esta vida e para a vida vindoura. CM 11 1 Certamente que a bondade e a misericórdia nos seguirão a cada passo. Tão-somente quando desejarmos que o Pai infinito deixe de nos conceder as Suas bênçãos sobre nós, devemos nós impacientemente exclamar: Não há fim para o dar? Não devemos, apenas, devolver fielmente a Deus os nossos dízimos, que Ele reclama como Seus, mas também devemos trazer à Sua tesouraria um tributo como oferta de gratidão. Com coração alegre levemos ao nosso Criador as primícias de toda a Sua liberalidade -- as nossas mais acariciadas posses, nosso melhor e mais santo serviço. -- The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1886. CM 11 2 A única maneira de manifestar gratidão -- O Senhor não precisa de nossas ofertas. Não O podemos enriquecer com as nossas dádivas. Diz o salmista: "Tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos." No entanto Deus nos permite demonstrar nossa apreciação de Suas misericórdias pelos esforços abnegados para passá-las a outros. É essa a única maneira em que nos é possível manifestar nossa gratidão e amor a Deus. E não proveu outro. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1887. CM 11 3 O argumento de Paulo contra o egoísmo -- Paulo procurou desarraigar do coração de seus irmãos a planta do egoísmo; pois o caráter não pode ser completo em Cristo quando o amor-próprio e a cobiça são conservados. O amor de Cristo no coração levá-los-ia a ajudar seus irmãos em suas necessidades. Mostrando-lhes o sacrifício que Cristo fizera em seu favor, procurou ele despertar-lhes o amor. CM 11 4 "Não digo isto como quem manda", disse ele, "mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade da vossa caridade. Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, por amor de vós Se fez pobre; para que pela Sua pobreza enriquecêsseis." CM 11 5 Eis o poderoso argumento do apóstolo. Não é mandamento de Paulo, mas do Senhor Jesus Cristo. [...] CM 11 6 Quão grande foi a dádiva de Deus ao homem, e como Lhe aprouve fazê-la! Com liberalidade que jamais poderá ser excedida, Ele deu, para salvar os rebeldes filhos dos homens e fazer-lhes ver o Seu propósito e discernir o Seu amor. Demonstrareis, pelas vossas dádivas e ofertas, que não considerais coisa alguma boa demais para dar Àquele que "deu Seu Filho unigênito"? -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1900. CM 11 7 O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O espírito egoísta é o espírito de Satanás. -- The Review and Herald, 17 de Outubro de 1882. ------------------------Capítulo 3 -- Razões para dar CM 12 1 Deus não depende do homem para o avanço de Sua causa. Poderia ter feito dos anjos embaixadores de Sua verdade. Poderia ter tornado Sua vontade conhecida, assim como do Sinai proclamou a lei com a Sua própria voz. Porém, para cultivar em nós o espírito de beneficência, escolheu empregar os homens para fazerem esse trabalho. CM 12 2 Cada ato de abnegação para o bem dos outros fortalecerá o espírito de beneficência no coração do doador, levando-o cada vez mais perto do Redentor do mundo, que "sendo rico, por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos". E é, somente, quando cumprimos o propósito divino em nossa criação que a vida pode ser uma bênção para nós. Todas as boas dádivas divinas ao homem demonstrar-se-ão apenas uma maldição, a menos que as empreguem para abençoar os seus semelhantes, e para o avanço da causa de Deus na Terra. -- The Review and Herald, 7 de Dezembro de 1886. CM 12 3 O fruto de buscar o ganho -- É esse crescente devotamento a ganhar dinheiro, o egoísmo que o desejo de ganhar produz, que mata a espiritualidade da igreja e dela remove o favor de Deus. Sempre que a cabeça e as mãos estão constantemente ocupadas em planejar e trabalhar arduamente para o acúmulo de riquezas, os reclamos de Deus e da humanidade são esquecidos. CM 12 4 Se Deus nos tem abençoado com prosperidade, não é para que nosso tempo e atenção sejam desviados dEle e dedicados àquilo que Ele nos emprestou. O doador é maior do que a dádiva. Fomos comprados por preço, não somos de nós mesmos. Temo-nos esquecido desse infinito preço pago pela nossa redenção? Morreu a gratidão em nosso coração? Não faz a cruz de Cristo com que se envergonhe uma vida de comodidade e condescendência egoístas? [...] Estamos colhendo os frutos dessa infinita abnegação, e ainda, quando há trabalho a fazer, quando há necessidade de nosso dinheiro para ajudar a obra do Redentor na salvação de pessoas, eximimo-nos ao dever e rogamos para ser escusados. Ignóbil indolência, descuidada indiferença e ímpio egoísmo fecham os nossos sentidos aos reclamos divinos. CM 12 5 Oh, deve Cristo, a Majestade do Céu, o Rei da Glória, levar a pesada cruz, e usar a coroa de espinhos e beber o amargo copo enquanto nós nos reclinamos ociosamente, glorificando-nos a nós mesmos, e nos esquecemos das pessoas por quem Cristo morreu, para remir pelo Seu precioso sangue? Não; demos enquanto podemos. Demos enquanto temos força. Trabalhemos enquanto é dia. Dediquemos nosso tempo e nossos meios ao serviço de Deus, para que possamos ter a Sua aprovação e receber Sua recompensa. -- The Review and Herald, 17 de Outubro de 1882. CM 13 1 Nosso maior conflito com o eu -- Nossas posses, nesta vida, são limitadas, mas o grande tesouro que Deus oferece em Sua dádiva ao mundo é ilimitado. Compreende cada desejo humano e vai muito além de nossos cálculos humanos. No grande dia da decisão final, em que todo homem será julgado segundo o que tiver feito, toda voz de justificação própria será silenciada, pois se verá que em Seu legado à raça humana deu o Pai tudo quanto tinha para dar, e que os que recusaram aceitar a graciosa oferta estão sem escusas. CM 13 2 Não temos exteriormente inimigos que precisemos temer. Nosso grande conflito é contra o eu não consagrado. Quando vencemos o eu, somos mais do que vencedores por Aquele que nos amou. Meus irmãos, há para nós uma vida eterna a ganhar. Combatamos o grande combate da fé. Nossa prova não está no futuro, mas é agora. Enquanto ela se prolonga, "buscai primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas" -- as coisas que agora servem ao propósito de Satanás como ciladas, para enganar e destruir -- "vos serão acrescentadas". -- The Review and Herald, 5 de Março de 1908. CM 13 3 Uma mancha imunda -- Jamais nos devemos esquecer de que somos colocados sob prova, no mundo, a fim de determinar nossa habilitação para a vida futura. Nenhum daqueles cujo caráter estiver maculado com a nódoa imunda do egoísmo, poderá entrar no Céu. Portanto, Deus nos prova aqui, concedendo-nos posses temporais, para que o uso que disso fizermos possa revelar se nos poderão ser confiadas as riquezas eternas. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. CM 13 4 Nossas posses dadas apenas em confiança -- Grandes ou pequenas que sejam as posses de qualquer indivíduo, lembre-se ele de que isto é seu apenas em confiança. Por sua força, habilidade, tempo, talentos, oportunidades e recursos, tem que prestar contas a Deus. É esse um trabalho individual; Deus nos dá, para que nos possamos tornar como Ele: generosos, nobres, caridosos, ao dar uns aos outros. Aqueles que, esquecidos, de sua missão divina, só procuram economizar ou gastar na condescendência do orgulho ou do egoísmo, poderão alcançar os ganhos e prazeres do mundo; mas, à vista de Deus, avaliados pelas suas realizações espirituais, são desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus. CM 13 5 Sempre que seja devidamente empregada, torna-se a riqueza um vínculo áureo de gratidão e afeto entre o homem e os seus semelhantes, e um forte laço a ligar suas afeições ao seu Redentor. O dom infinito do dileto Filho de Deus exige dos recebedores de Sua graça tangíveis expressões de gratidão. O que recebe a luz do amor de Cristo, está, portanto, sob a mais imperiosa obrigação de difundir a bendita luz sobre outras pessoas que estejam em trevas. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. CM 14 1 Para despertar os atributos do caráter de Cristo -- O Senhor permite que a homens e mulheres sobrevenham o sofrimento, a calamidade, para nos tirar do nosso egoísmo, para em nós despertar os atributos de Seu caráter: compaixão, ternura e amor. CM 14 2 Faz o amor divino os seus mais tocantes apelos quando nos roga que manifestemos a mesma terna compaixão que Cristo manifestou. Era Ele um homem de dores e experimentado nos trabalhos. Em todas as nossas aflições é Ele afligido. Ama os homens e mulheres como sendo comprados pelo Seu próprio sangue, e nos diz: "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis". -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1906. CM 14 3 A mais elevada honra, a maior alegria -- Deus é a fonte da vida, luz e alegria do Universo. Como raios de luz do Sol, dEle fluem bênçãos a todas as criaturas que Ele criou. Em Seu infinito amor, tem concedido aos homens o privilégio de se tornarem participantes da natureza divina, e, por seu turno, difundirem bênçãos aos seus semelhantes. É essa a mais elevada honra, a maior alegria que Deus pode conceder ao homem. Os que assim se tornam participantes de trabalhos de amor, são levados para mais perto do Criador. Os que recusam tornar-se "cooperadores de Deus" -- o homem que por causa da condescendência egoísta ignora as necessidades de seus semelhantes, o avarento que aqui amontoa os seus tesouros -- estão afastando de si mesmos as mais ricas bênçãos que Deus lhes pode dar. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1887. ------------------------Capítulo 4 -- Um conflito de princípios CM 15 1 Os seres humanos pertencem a uma grande família -- a família de Deus. Determinou o Criador que respeitassem e amassem uns aos outros, manifestando sempre puro e abnegado interesse no bem-estar mútuo. Mas tem sido o alvo de Satanás levar os homens a pôr o eu em primeiro lugar; e, entregando-se eles ao seu controle, têm desenvolvido um egoísmo que enche o mundo de miséria e luta, pondo os seres humanos em desavença uns com os outros. CM 15 2 O egoísmo é a essência da depravação, e, devido a se terem os seres humanos submetido ao seu poder, o que se vê no mundo é o oposto à fidelidade a Deus. Nações, famílias, e indivíduos estão cheios do desejo de fazer do eu um centro. O homem almeja governar sobre os seus semelhantes. Afastando-se de Deus e de seus semelhantes em seu egoísmo, segue suas irrefreadas inclinações. Age como se o bem dos outros dependesse de se submeterem a sua supremacia. CM 15 3 O egoísmo tem causado discórdia na igreja, enchendo-a de ambição não santificada. [...] O egoísmo destrói a semelhança com Cristo, enchendo o homem de amor-próprio. Leva a contínuo afastamento da justiça. Cristo diz: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus." Mas o amor-próprio é cego para com a perfeição que Deus requer. [...] CM 15 4 Cristo veio ao mundo para revelar o amor de Deus. Devem Seus seguidores continuar a obra que Ele começou. Esforcemo-nos por ajudar e fortalecer uns aos outros. A maneira em que se pode alcançar a verdadeira felicidade é buscar o bem alheio. Não trabalha o homem contra os seus próprios interesses, quando ama a Deus e aos seus semelhantes. Quanto mais destituído de egoísmo for o seu espírito, tanto mais feliz será, porque está cumprindo o propósito de Deus para Ele. O fôlego divino é soprado através dele, tornando-o pleno de alegria. Para ele, a vida é um sagrado depósito, preciosa aos seus olhos porque foi dada por Deus para ser gasta no serviço em favor dos outros. -- The Review and Herald, 25 de Junho de 1908. CM 15 5 Uma luta desigual -- É o egoísmo o mais forte e mais generalizado dos impulsos humanos; a luta da pessoa entre a simpatia e a cobiça é uma luta desigual; pois, ao passo que o egoísmo é a paixão mais forte, o amor e a beneficência são freqüentemente os mais fracos, e, em regra, o mal ganha a vitória. Portanto, em nosso trabalho e nas nossas dádivas à causa de Deus, não é seguro ser dominado pelos sentimentos ou pelo impulso. CM 16 1 Dar ou trabalhar quando são despertadas as nossas simpatias, e reter nossas dádivas ou serviço quando as emoções não são estimuladas, é rumo inseguro e perigoso. Se somos controlados pelo impulso ou mera simpatia humana, então, nos poucos casos em que nossos esforços em prol dos outros são pagos com a ingratidão, ou em que as nossas dádivas são mal-usadas ou dissipadas, bastará congelar as fontes da beneficência. Devem os cristãos agir guiados por princípios fixos, seguindo o exemplo de abnegação e de sacrifício-próprio do Salvador. -- The Review and Herald, 7 de Dezembro de 1886. CM 16 2 A tônica dos ensinos de Cristo -- A abnegação é a nota tônica dos ensinos de Cristo. Freqüentemente é ela ordenada aos crentes em linguagem que parece autoritária, por não haver outro meio de salvar o homem senão separá-lo de sua vida de egoísmo. Cristo deu, em Sua vida na Terra, verdadeira apresentação do poder do evangelho. [...] A toda pessoa que com Ele sofra resistindo ao pecado, trabalhando em Sua causa, na abnegação para bem dos outros, promete uma parte na recompensa eterna dos justos. Pelo exercício do espírito que caracterizou as atividades de Sua vida, devemos tornar-nos participantes de Sua natureza. Participando, nesta vida de sacrifício por amor aos outros, com Ele partilharemos, na vida por vir, de "um peso eterno de glória mui excelente". -- The Review and Herald, 28 de Setembro de 1911. CM 16 3 Os frutos do egoísmo -- Os que permitem que o espírito de cobiça tome posse de si, acariciam e desenvolvem os traços de caráter que lhes colocarão o nome como idólatras no livro de registro do Céu. Todos estes são classificados com os ladrões, insultadores e extorsionários, nenhum dos quais, declara a Palavra divina, herdará o reino de Deus. "O ímpio se vangloria do desejo do seu coração, e abençoa o cobiçoso, a quem o Senhor aborrece." Os atributos do avarento opõem-se sempre ao exercício da beneficência cristã. Os frutos do egoísmo sempre se revelam na negligência do dever, e na falta de uso dos dons que Deus confiou para o avanço de Sua obra. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896. CM 16 4 A morte de toda piedade -- Cristo é o nosso exemplo. Deu Sua vida como um sacrifício por nós, e nos pede que demos nossa vida em sacrifício por outros. Assim poderemos nós afastar o egoísmo que Satanás está constantemente se esforçando por nos implantar no coração. Esse egoísmo é a morte de toda piedade, e só pode ser vencido ao manifestar amor a Deus e aos nossos semelhantes. Cristo não permitirá que uma pessoa egoísta entre nas cortes celestes. Nenhum cobiçoso poderá passar pelos portais de pérola; pois toda cobiça é idolatria. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1899. ------------------------Capítulo 5 -- Onde Cristo habita há beneficência CM 17 1 Sempre que o perfeito amor de Deus está no coração, coisas maravilhosas serão feitas. Cristo estará no coração do crente como uma fonte de água que salta para a vida eterna. Mas os que manifestam indiferença para com os sofredores da humanidade, serão acusados de indiferença para com Jesus, na pessoa dos santos que sofrem. Nada solapa mais depressa a espiritualidade do que encerrá-la no egoísmo e no cuidado de si mesma. CM 17 2 Os que condescendem com o eu e negligenciam cuidar da alma e do corpo daqueles por quem Cristo deu a Sua vida, não estão comendo do pão da vida nem bebendo da água da fonte da salvação. Estão estéreis e destituídos de seiva, como a árvore que não dá fruto. São anões espirituais, que consomem seus meios consigo mesmos; mas "tudo o que o homem semear, isso também ceifará". CM 17 3 Os princípios cristãos sempre se tornarão visíveis. De mil maneiras se manifestarão os princípios do interior. A habitação de Cristo no coração é como uma fonte que nunca seca. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. CM 17 4 Quando Cristo é entronizado no coração -- Quando Deus confia ao homem riquezas, é para que este possa adornar a doutrina de Cristo, nosso Salvador, usando seus tesouros terrestres no avanço do reino de Deus no mundo. Deve ele representar a Cristo, e, portanto, não viver para agradar e glorificar a si mesmo, para receber honra porque é rico. CM 17 5 Sempre que o coração é purificado do pecado, Cristo é colocado no trono uma vez ocupado pela condescendência própria e pelo amor aos tesouros terrenos. Vê-se a imagem de Cristo na expressão do rosto. A obra de santificação é levada avante na vida. É banido o egoísmo. Vê-se o aparecimento do novo homem, que, segundo Cristo, é criado em justiça e verdadeira santidade. -- The Review and Herald, 11 de Setembro de 1900. CM 17 6 Vencidas a cobiça e a avareza -- Deve o rico consagrar tudo a Deus, e aquele que é santificado pela verdade no corpo, na alma e no espírito, também dedicará a Deus sua propriedade, e se tornará o instrumento pelo qual outras pessoas serão alcançadas. Em sua experiência e exemplo, demonstrar-se-á que a graça de Cristo tem poder para vencer a cobiça e a avareza, e o rico que devolve a Deus os bens que lhe foram confiados, será considerado mordomo fiel, e poderá apresentar aos outros o fato de que em cada dólar dos bens que acumulou estão estampadas a imagem e a inscrição de Deus. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1893. ------------------------Capítulo 6 -- Pregando sermões práticos CM 19 1 Dar para atender às necessidades dos santos e para o avanço do reino de Deus, é pregar sermões práticos, que testificam que os que dão não receberam a graça de Deus em vão. Um exemplo vivo de um caráter generoso, que está de acordo com o exemplo de Cristo, exerce grande poder sobre os homens. Os que não vivem para o eu, não usarão cada dólar para atender às suas supostas necessidades, e suprir seus confortos materiais, mas terão em mente que são seguidores de Cristo, e que há outros em necessidade de alimento e vestuário. CM 19 2 Os que vivem para satisfazer o apetite e os desejos egoístas, perderão o favor de Deus, e perderão a recompensa celeste. Testificam diante do mundo não terem fé genuína, e quando pretenderem comunicar aos outros o conhecimento da verdade presente, o mundo considerar-lhes-á as palavras como o metal que soa e como o sino que tine. Demonstre cada qual sua fé pelas suas obras. "A fé sem obras é morta em si mesma." "Portanto mostrai para com eles, perante a face das igrejas, a prova da vossa caridade, e da nossa glória acerca de vós". -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1894. CM 19 3 O sermão mais difícil -- O sermão mais difícil de pregar e que mais custa pôr em prática é o da abnegação. O pecador cobiçoso, por si mesmo, fecha a porta ao bem que se poderia fazer, mas que não é feito porque o dinheiro é despendido para fins egoístas. Mas é impossível alguém reter o favor de Deus e desfrutar a comunhão com o Salvador, e ao mesmo tempo ser indiferente para com os interesses de seus semelhantes que não têm vida em Cristo, que estão perecendo em seus pecados. Cristo nos deixou maravilhoso exemplo de abnegação. [...] CM 19 4 Ao segui-Lo no caminho da abnegação, levantando a cruz e conduzindo-a, atrás dEle para a casa de Seu Pai, revelaremos em nossa vida a beleza da vida de Cristo. No altar do sacrifício próprio -- o lugar designado para o encontro entre Deus e o ser humano -- recebemos das mãos de Deus a tocha celestial que perscruta o coração, revelando a necessidade da habitação de Cristo. -- The Review and Herald, 31 de Janeiro de 1907. CM 20 1 Expande o coração, une com Cristo -- As ofertas do pobre, dadas com abnegação para ajudar a difundir a preciosa luz da verdade salvadora não somente serão um cheiro suave a Deus e a Ele inteiramente aceitável como dádiva consagrada, como também o próprio ato de dar expande o coração do doador e o une cada vez mais ao Redentor do mundo. Ele era rico, mas por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. As menores quantias dadas alegremente pelos que estão em condições limitadas são plenamente aceitáveis a Deus, e até de maior valor, à Sua vista, do que as ofertas dos ricos que podem dar seus milhares, sem, contudo, exercerem abnegação ou sentirem falta. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1878. CM 20 2 Dar com alegria -- Ao ser exercido, o espírito de liberalidade cristã fortalecer-se-á e não necessitará ser estimulado de maneira doentia. Todos os que possuem esse espírito, o espírito de Cristo, com jovial alegria farão com que suas dádivas corram para a tesouraria do Senhor. Inspirados pelo amor a Cristo e pelo amor às pessoas por quem Ele morreu, sentem intenso fervor em desempenhar sua parte com fidelidade. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. ------------------------Capítulo 7 -- A obra do Senhor deve ser mantida CM 21 1 Passam para a eternidade os últimos anos de graça. O grande dia do Senhor está-nos iminente. Toda energia que possuímos deve ser agora usada para despertar os que estão mortos em ofensas e pecados. [...] CM 21 2 É tempo de darmos ouvidos aos ensinos da Palavra de Deus. Todas as suas injunções são dadas para o nosso bem. Ele conclama os que estão sob a bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel a fim de que dêem evidências de que reconhecem sua dependência de Deus e deverem a Ele dar contas, devolvendo-Lhes certa parte daquilo que Ele lhes confiou. Deve esse dinheiro ser usado no avanço da obra que deve ser feita para cumprir a comissão dada por Cristo a Seus discípulos. [...] CM 21 3 O povo de Deus é chamado para uma obra que requer dinheiro e consagração. As obrigações que sobre nós repousam trazem-nos a responsabilidade de trabalhar para Deus até o máximo de nossa capacidade. Exige Ele serviço não dividido, a inteira devoção do coração, espírito e forças. CM 21 4 Há apenas dois lugares no Universo onde poderemos colocar nossos tesouros -- no celeiro de Deus ou no de Satanás; e tudo o que não é dedicado ao serviço de Deus é contado do lado de Satanás, e vai fortalecer sua causa. Determinou o Senhor que os meios a nós confiados sejam usados na edificação de Seu reino. Seus dons são confiados aos Seus mordomos para que com eles negociem cuidadosamente, e Lhe devolvam os rendimentos na obra da salvação. Tais pessoas, por seu turno, se tornarão mordomos de confiança, cooperando com Cristo para promover os interesses da causa de Deus. CM 21 5 Recebendo para partilhar -- Onde quer que haja vida na igreja, há aumento e crescimento. Há, também, constante intercâmbio, tomar e dar, receber e devolver ao Senhor o que Lhe pertence. A cada crente genuíno comunica Deus luz e bênção, e estas reparte ele com os outros, na obra que faz para o Senhor. Ao dar do que recebe, aumenta sua capacidade de receber. É aberto o caminho para a obtenção de novos suprimentos de graça e de verdade. Tem mais clara luz e multiplicado conhecimento. Desse dar e receber depende a vida e o crescimento da igreja. Aquele que recebe mas nunca dá, logo deixa de receber. Se quisermos receber novas bênçãos, devemos comunicar os bens do Céu. CM 22 1 Não Se propõe o Senhor a vir a este mundo e derramar ouro e prata para o avanço de Sua obra. Supre os homens com recursos, para que pelas suas dádivas e ofertas conservem Sua obra em avanço. O propósito, acima de todos os outros, para o qual devem os dons de Deus ser usados, é a manutenção dos obreiros no campo da seara. E se os homens se tornarem condutos pelos quais possam as bênçãos dos Céus fluir para os outros, o Senhor conservará suprido tal canal. Não é devolver ao Senhor o que é Seu que torna o homem pobre; reter é que leva à pobreza. [...] CM 22 2 Um tempo para economia e sacrifício -- Apela Deus a Seu povo para que desperte quanto às suas responsabilidades. Um dilúvio de luz é irradiado de Sua Palavra, e devem ser atendidos os deveres negligenciados. Quando eles forem atendidos, ao dar ao Senhor o que Lhe pertence, nos dízimos e ofertas, abrir-se-á o caminho para o mundo ouvir a mensagem que o Senhor determina que ouça. Tivesse nosso povo o amor de Deus no coração, estivesse cada membro da igreja imbuído do espírito de sacrifício próprio, e não haveria falta de fundos para as missões nacionais e estrangeiras; nossos recursos se multiplicariam; abrir-se-iam mil portas de utilidade e nós seríamos convidados a entrar. Houvesse sido executado o propósito de Deus quanto a dar a mensagem de misericórdia ao mundo, Cristo já teria vindo e os santos teriam recebido suas boas-vindas à cidade de Deus. CM 22 3 Se já houve um tempo em que se deveriam fazer sacrifícios, esse tempo é agora. Meus irmãos e irmãs, praticai a economia em vossos lares. Lançai fora os ídolos que tendes colocado adiante de Deus. Abandonai vossos prazeres egoístas. Eu vos rogo, não gasteis os meios em embelezar as vossas casas; pois vosso dinheiro pertence a Deus, e a Ele deveis prestar contas do uso que lhe dais. Não useis o dinheiro do Senhor para satisfazer os caprichos de vossos filhos. Ensinai-lhes que Deus tem reivindicação sobre tudo o que possuem, e que coisa alguma pode jamais cancelar esse direito. CM 22 4 O dinheiro é tesouro necessário. Não o dissipeis com os que dele não necessitam. Alguém necessita de vossas dádivas voluntárias. Há os que, no mundo, estão famintos, morrendo de inanição. Podeis dizer: "Não posso alimentar a todos." Mas, praticando as lições de economia de Cristo, podereis alimentar a um. "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." Estas palavras foram pronunciadas por Aquele cujo poder operou um milagre para suprir as necessidades de uma multidão faminta. CM 22 5 Caso tenhais hábitos extravagantes, afastai-os imediatamente de vossa vida. A não ser que o façais, estareis falidos para a eternidade. Hábitos de economia, operosidade e sobriedade, são melhor quinhão para os vossos filhos que um rico dote. CM 23 1 Somos peregrinos e estrangeiros na Terra. Não despendamos os nossos meios em satisfazer desejos que Deus quer que reprimamos. Representemos devidamente nossa fé reprimindo os nossos desejos. Levantem-se os membros de nossas igrejas como um só homem, e trabalhem fervorosamente, como quem anda à plena luz da verdade para estes últimos dias. [...] CM 23 2 De que vale indizível riqueza, se esta é acumulada em custosas mansões ou em ações bancárias? Que pesa isso na balança, comparado com a salvação das pessoas por quem Cristo, o Filho do infinito Deus, morreu? -- The Review and Herald, 24 de Dezembro de 1903. CM 23 3 Um privilégio e uma responsabilidade -- Foram-nos dadas, para proclamar ao mundo, as mais solenes verdades já confiadas aos mortais. Nosso trabalho é a proclamação dessas verdades. Deve o mundo ser advertido, e o povo de Deus precisa ser fiel ao depósito que lhe foi confiado. Não se deve empenhar em especulações, nem deve entrar em empreendimentos comerciais com os descrentes; pois isso os impediria de fazer a obra que lhes foi confiada. CM 23 4 Jesus diz a Seu povo: "Vós sois a luz do mundo." Não é questão de pequena importância que os conselhos, propósitos e planos de Deus nos tenham sido tão claramente revelados. É um maravilhoso privilégio poder compreender a vontade de Deus, segundo é revelada na segura palavra da profecia. Isso nos impõe pesada responsabilidade. Deus espera que transmitamos aos outros os conhecimentos que nos tem dado. É Seu propósito que os instrumentos divinos e humanos se unam na proclamação da mensagem de advertência. -- The Review and Herald, 28 de Julho de 1904. CM 23 5 Sustento das missões estrangeiras -- Devem as simpatias do povo de Deus serem despertadas em cada igreja de toda a nossa terra, devendo haver ação desinteressada no sentido de atender às necessidades de diferentes campos missionários. Devem os homens demonstrar seu interesse na causa de Deus pelo dar dos seus bens. Se se manifestasse tal interesse entre os membros da família de Cristo, existiriam e cresceriam em força os laços de fraternidade cristã. CM 23 6 Essa obra de trazer fielmente todos os dízimos, para que haja mantimento na casa de Deus, supriria os que labutam tanto nos campos nacionais como nos estrangeiros. Se bem que livros e publicações sobre a verdade presente estejam espalhando os seus tesouros de conhecimento a todas as partes do mundo, assim mesmo ainda devem ser estabelecidos postos missionários em vários pontos. O pregador vivo deve proclamar as palavras de vida e de salvação. Há campos missionários abertos que convidam os obreiros a entrar. A seara está madura, e de todas as partes do mundo se ouve o veemente clamor macedônico por obreiros. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1889. CM 24 1 A obra não deve parar -- Se de fato temos a verdade para estes últimos dias, deve ela ser levada a toda a nação, e tribo, e língua, e povo. Brevemente, tanto os vivos como os mortos serão julgados segundo o que tiverem feito no corpo, e a lei de Deus é a norma pela qual eles serão provados. Devem portanto, agora, ser advertidos; a santa lei de Deus deve ser vindicada, erguida diante deles como um espelho. Para que tal obra se realize, há necessidade de meios. Sei que os tempos são difíceis, que não há abundância de dinheiro; mas a verdade deve ser difundida, e o dinheiro para difundi-la deve ser colocado na tesouraria. [...] CM 24 2 Abandonaremos a obra? -- Nossa mensagem é de âmbito mundial; contudo, literalmente, muitos nada estão fazendo, muitos mais, tão pouco, com tamanha falta de fé, que isso é pouco mais que nada. Abandonaremos nós os campos que já abrimos em países estrangeiros? Desistiremos de parte do trabalho em nossas missões nacionais? Empalideceremos ante um débito de apenas uns poucos milhares de dólares? Hesitaremos, agora, e ficaremos esquivos justamente nas últimas cenas da história terrestre? Meu coração diz: Não, não. Não posso considerar essa questão sem ardente zelo no sentido de fazer a obra avançar. Não deveríamos negar nossa fé, não deveríamos negar a Cristo; fá-lo-emos, no entanto, a menos que avancemos segundo a providência divina for abrindo o caminho. CM 24 3 Não deve a obra parar por falta de recursos. Mais meios nela devem ser investidos. Irmãos, em nome do meu Mestre, eu vos ordeno: despertai! Vós que estais colocando os vossos talentos de meios num lenço e os estais ocultando na terra, que estais construindo casas e acrescentando terreno a terreno, Deus vos roga: "Vendei o que tendes e dai esmolas". Lucas 12:33. Tempo virá em que os observadores do sábado nem poderão comprar nem vender. Apressai-vos a desenterrar os vossos talentos. Se Deus vos confiou dinheiro, demonstrai-vos fiéis à confiança em vós depositada; desembrulhai vosso lenço e enviai vossos talentos aos banqueiros, para que, quando Cristo vier, possa receber o que é Seu, com os juros. CM 24 4 Prazerosa liberalidade na finalização da obra -- Bem no fim, antes que esta obra termine, milhares de dólares serão alegremente depositados sobre o altar. Homens e mulheres sentirão ser um bendito privilégio participar da obra de preparar pessoas para subsistirem no grande dia de Deus, e darão centenas de dólares com a mesma liberalidade com que agora são doadas quantias menores. CM 24 5 Estivesse o amor de Cristo ardendo no coração dos que professam ser Seu povo, e veríamos hoje, a manifestação do mesmo espírito. Se tão-somente reconhecessem quão perto está o fim de todo o trabalho em prol da salvação, sacrificariam suas posses com a mesma prontidão com que o fizeram os membros da igreja primitiva. Trabalhariam para o avanço da causa de Deus com o mesmo fervor com que os mundanos trabalham para adquirir riquezas. Exercer-se-iam tato e habilidade, bem como se faria trabalho ativo e altruísta para adquirir meios, não para acumular, mas para verter no tesouro do Senhor. CM 25 1 Que tal, se alguém ficar pobre por empregar seus meios na obra? Cristo, por amor de vós Se fez pobre; mas vós estais segurando para vós mesmos riquezas eternas, um tesouro no Céu que não falha. Vossos bens estão muito mais seguros do que se tivessem sido depositados no banco, ou investidos em casas e terrenos. Estão guardados em sacos que não envelhecem. Nenhum ladrão, deles se pode aproximar, fogo algum os pode consumir. [...] CM 25 2 Obedecendo à ordem do Salvador, nosso exemplo pregará mais alto que palavras. Vê-se a maior demonstração do poder da verdade quando os que nela professam crer dão evidência de sua fé pelas suas obras. Os que crêem nesta solene verdade devem possuir tal espírito de sacrifício que repila a ambição mundana dos adoradores do dinheiro. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 291-293. ------------------------Capítulo 8 -- Apego de todo o coração à igreja CM 26 1 Todo crente deve ter todo o coração em sua ligação com a igreja. A prosperidade desta deve constituir-lhe o primeiro interesse e a menos que se sinta sob sagradas obrigações de tornar sua ligação com a igreja mais um benefício para ela do que para si mesmo, ela passará muito melhor sem ele. Está ao alcance de todos fazer alguma coisa pela causa de Deus. Pessoas há que despendem grandes quantias para luxos desnecessários; satisfazem os próprios apetites, mas consideram grande carga contribuir com meios para a manutenção da igreja. Estão dispostos a receber todo benefício de seus privilégios, mas preferem deixar que os outros lhes paguem as contas. Os que na verdade sentem profundo interesse no avanço da causa, não hesitarão em empregar fundos no empreendimento sempre e onde quer que se faça mister. -- Testemunhos Seletos 1:445. CM 26 2 Os que se regozijam na preciosa luz da verdade devem experimentar um desejo ardente de enviá-la a toda parte. Temos alguns fiéis porta-bandeiras que nunca se esquivam a seus deveres nem evitam responsabilidades. Seu coração e bolsa estão sempre abertos a todo pedido de meios para promover a causa de Deus. Com efeito, alguns parece até excederem a justa medida de sua obrigação, como que receando perder a oportunidade de depositar sua parte no banco do Céu. CM 26 3 Há outros que fazem o menos que podem. Esses, se não acumulam seus bens, os dissipam, só contribuindo relutantemente com uma pequena parte para a obra de Deus. Quando fazem uma promessa ou voto a Deus, arrependem-se mais tarde, e esquivam tanto quanto podem do pagamento, se não totalmente. Calculam o dízimo o mais escassamente possível, como se considerassem perdido o que restituem a Deus. Podem as nossas várias instituições sentir-se embaraçadas à míngua de meios, mas continuam portando-se como se não lhes importasse a sua subsistência. E, contudo, são instrumentos pelos quais Deus Se propõe iluminar o mundo! -- Testemunhos Seletos 1:555. CM 26 4 O voto batismal -- Todo aquele que se liga à igreja, faz por esse ato um voto solene de trabalhar pelos interesses da igreja, e de manter esse interesse acima de toda consideração mundana. Sua obra é conservar viva comunhão com Deus, empenhar-se de coração no grande plano da redenção, e mostrar, em sua vida e caráter, a excelência dos mandamentos de Deus em contraste com os costumes e preceitos do mundo. Quem se entregou a Cristo comprometeu-se a ser tudo quanto lhe seja possível ser como um obreiro espiritual, a ser ativo, zeloso e eficiente no serviço de seu Mestre. Cristo espera que cada homem cumpra seu dever; seja esta a senha em todas as fileiras de Seus seguidores. [...] CM 27 1 Todos devem mostrar sua fidelidade para com Deus pelo sábio emprego do capital a ele confiado, não somente em meios, mas em qualquer dote que tenda para a edificação de Seu reino. Satanás empregará todo meio possível para impedir a verdade de chegar aos que se acham imersos no erro; a voz da advertência e do rogo, porém, deve alcançá-los. E ao passo que apenas poucos estão empenhados nesta obra, milhares devem estar tão interessados quanto eles. -- Testemunhos Seletos 2:160, 161, 163. CM 27 2 A tarefa que diante de nós está -- Há um mundo a ser advertido. A nós foi confiada essa tarefa. Devemos praticar a verdade a qualquer custo. Devemos portar-nos como milicianos abnegados, dispostos a perder a própria vida, se necessário for, no serviço de Deus. Há uma grande obra a ser feita em pouco tempo. Precisamos compreender nosso trabalho e fazê-lo com fidelidade. Todo aquele que finalmente for coroado como vitorioso, terá, pelo nobre e determinado esforço de servir a Deus, alcançado o direito de se vestir com a justiça de Cristo. Entrar na cruzada contra Satanás, levantando bem alto a bandeira ensangüentada da cruz de Cristo -- esse é o dever de todo cristão. CM 27 3 Essa obra exige sacrifício. A abnegação e a cruz acompanham-nos por todo o caminho da vida. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Cristo, "negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me." Os que retêm os tesouros deste mundo são obrigados a trabalhar e se sacrificar. Deveriam os que buscam uma recompensa eterna pensar que não precisam fazer sacrifícios? -- The Review and Herald, 31 de Janeiro de 1907. CM 27 4 Não esperar pelos apelos -- Não deve nosso povo esperar por mais apelos, mas lançar-se diretamente ao trabalho, tornando possíveis coisas que pareciam impossíveis. Pergunte cada um a si mesmo: Não me confiou o Senhor recursos para o avanço de Sua causa? [...] CM 27 5 Sejamos honestos para com o Senhor. Todas as bênçãos que desfrutamos, dEle provêm; e se Ele nos confiou o talento dos recursos para que possamos realizar a Sua obra, retê-lo-emos? Diremos nós: "Não, Senhor; meus filhos não se agradariam disso", e portanto deveria eu aventurar-me a desobedecer a Deus, ocultando na terra os Seus talentos? CM 27 6 Não deve haver demora. A causa de Deus exige vossa assistência. Pedimos a vós, como mordomos do Senhor que sois, que ponhais Seus recursos em circulação, para prover os meios pelos quais muitos terão a oportunidade de aprender o que é a verdade. CM 28 1 Pode ser que lhes sobrevenha a tentação de investir vosso dinheiro em terras. Talvez vossos amigos a isso vos aconselhem. Mas não haverá melhor maneira de empregar vossos recursos? Não fostes comprados por preço? Não vos foi confiado vosso dinheiro a fim de que negociásseis para Ele? Não podeis ver que Ele quer que useis vossos recursos em ajudar a construir casas de culto, a estabelecer sanatórios, onde o enfermo receba a cura física e espiritual, e em ajudar a abrir escolas, nas quais sejam os jovens educados para o serviço, a fim de que possam ser enviados, obreiros a todas as partes do mundo? CM 28 2 O próprio Deus deu origem aos planos para o avanço de Sua obra, e tem proporcionado a Seu povo um excesso de meios, a fim de que, quando Ele pedir auxílio, alegremente possam atender. Se forem fiéis em levar para o Seu tesouro os meios que lhes foram emprestados, Sua obra fará rápido progresso. Muitas pessoas serão ganhas para a verdade, e o dia da vinda de Cristo será apressado. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1904. ------------------------Capítulo 9 -- A voz da consagração CM 29 1 É esta a linguagem do vosso coração: "Sou todo Teu, meu Salvador; pagaste o resgate por minha vida, e tudo o que sou ou ainda espero ser é Teu. Ajuda-me a adquirir meios, não para gastá-los nesciamente, nem para condescender com o orgulho, mas para usar para a glória do Teu próprio nome." CM 29 2 Em tudo o que fizerdes, seja vosso pensamento: "É este o caminho do Senhor? Agradará isto ao meu Salvador? Ele deu Sua vida por mim; que posso eu devolver ao Senhor? Só posso dizer: 'Do que é Teu, ó Senhor, voluntariamente Te dou.'" A não ser que o nome de Deus esteja escrito em vossa fronte -- ali escrito porque Deus é o centro de vossos pensamentos -- não sereis aptos para a herança da luz. É vosso Criador que vos tem concedido todo o Céu num maravilhoso dom -- Seu Filho unigênito. [...] CM 29 3 Deus põe Sua mão sobre o dízimo, bem como sobre as dádivas e ofertas, e diz: "Isto é Meu. Quando Eu vos confiei os Meus bens, especifiquei que uma parte deveria ser vossa, para suprir as vossas necessidades, e uma parte deveria retornar a Mim." CM 29 4 Ao fazerdes a vossa colheita, enchendo os vossos celeiros e silos, para o vosso próprio conforto, devolvestes a Deus um dízimo fiel? Apresentastes-Lhe vossas dádivas e ofertas, para que Sua causa não sofra? Tendes cuidado do órfão e da viúva? É este um ramo do trabalho missionário que de maneira alguma deve ser negligenciado. CM 29 5 Não haverá ao vosso redor pobres e sofredores que necessitem de roupa mais quente, de melhor alimento, e, acima de tudo, daquilo que será muito mais apreciado -- simpatia e amor? Que fizestes em favor das viúvas, dos infelizes, que vos imploram que os ajudeis a educar e preparar seus filhos ou netos? Como tendes tratado esses casos? Tendes procurado ajudar os órfãos? Quando pais ou avós ansiosos e pesarosos vos têm pedido, ou até mesmo rogado, que lhes considerásseis os casos, tendes vós feito com que fossem embora devido a vossa insensível e pouco simpática recusa? Se assim for, que o Senhor se apiade de vosso futuro; pois, "com a medida com que medirdes também vos medirão de novo". Poderemos nós surpreender-nos de que o Senhor retenha Sua bênção, quando Seus dons são egoisticamente pervertidos e mal aplicados? CM 29 6 Deus vos está constantemente concedendo as bênçãos desta vida; e se vos pede que repartais Seus dons ajudando os vários ramos de Sua obra, é do vosso próprio interesse temporal e espiritual fazê-lo, e assim reconhecer a Deus como o doador de toda bênção. Como Obreiro Mestre, Deus coopera com o homem ao fornecer os meios necessários para a sua manutenção; e requer que com Ele coopere na obra da salvação. Colocou nas mãos de Seus servos os meios pelos quais levar avante Sua obra, tanto nas missões nacionais como nas estrangeiras. Mas se apenas a metade do povo cumprir o seu dever, não serão supridos ao tesouro os meios necessários, e muitas partes da obra de Deus terão de ficar incompletas. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890. CM 30 1 Atendendo à oração de Cristo por unidade -- Jamais poderá a igreja alcançar a posição que Deus deseja que alcance, enquanto não estiver ligada com simpatia aos seus obreiros missionários. Jamais poderá existir a unidade por que Cristo orou enquanto não se levar a espiritualidade para o trabalho missionário, e a igreja não se tornar um instrumento para o sustento das missões. Não alcançarão os esforços missionários o que deveria alcançar até que os membros da igreja no campo local demonstrem, não somente por palavras, mas em atos, que reconhecem a obrigação que sobre eles repousa de dar a esses missionários sincero apoio. CM 30 2 Deus chama obreiros. Há necessidade de atividade pessoal. Mas em primeiro lugar vem a conversão; depois é que vem o procurar a salvação dos outros. -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. CM 30 3 Esvaziar o coração do egoísmo -- É de se lamentar que a igreja hoje esteja tão pouco inclinada a ser grata ao Senhor por havê-la enriquecido com Sua graça, por lhe haver dado Seus talentos e meios, para que ela tenha com que suprir Seu tesouro. CM 30 4 As partes infrutíferas da vinha do Senhor clamam a Deus, dizendo: CM 30 5 "Os homens têm negligenciado cuidar de mim." Ao permitirem que seus semelhantes permaneçam na servidão da necessidade e da degradação, homens e mulheres consentem em que Satanás culpe a Deus de permitir que Seus filhos tenham falta das coisas necessárias à vida. Deus é ultrajado pela indiferença daqueles a quem Ele confiou os Seus bens. Seus mordomos recusam notar a infelicidade que eles poderiam aliviar. Trazem, assim descrédito a Deus. CM 30 6 Ninguém brinque com suas responsabilidades. Se não estais negociando com dólares, mas somente com centavos, lembrai-vos de que a bênção de Deus repousa sobre a incansável diligência. Ele não despreza o dia das coisas pequenas. O sábio uso de coisas pequenas trará maravilhoso lucro. Um talento usado com sabedoria dará dois a Deus. Espera-se que o lucro seja proporcional ao capital confiado. Deus aceita segundo o que o homem tem e não segundo o que não tem. CM 30 7 Deus pede o que vos Lhe deveis em dízimos e ofertas. Reclama consagração em todo ramo de Sua obra. Desempenhai fielmente vossa parte no posto do dever que vos foi designado. Trabalhai fervorosamente, lembrando-vos de que Cristo está ao vosso lado, planejando, ideando e construindo para vós. "Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra." Dai prazerosa, alegre e voluntariamente, gratos por poderdes fazer alguma coisa para levar avante o reino de Deus, no mundo. Esvaziai o coração do egoísmo, e cingi a mente para a atividade cristã. Se estiverdes em íntima ligação com Deus, estareis dispostos a fazer qualquer sacrifício para colocar a vida eterna ao alcance dos que perecem. CM 31 1 Prosperidade espiritual e liberalidade cristã -- Em nome do Senhor, suplico aos meus irmãos e irmãs, que nesta crise em nossa obra venham em socorro do Senhor com os valorosos. Negar a Deus sempre traz maldição. A prosperidade espiritual está intimamente ligada à liberalidade cristã. Ansiai apenas pela exaltação de imitar a beneficência divina do Redentor. Tendes a preciosa certeza de que vosso tesouro vai adiante de vós para as cortes celestiais. CM 31 2 Quereis tornar segura vossa propriedade? Ponde-a na mão que traz a marca dos cravos da crucifixão. Retende tudo o que possuis e isso será para a vossa perda eterna. Dai-o a Deus, e desse momento em diante trará Sua inscrição. Está selada com Sua imutabilidade. Quereis desfrutar vossos bens? Então os usai para fazer a felicidade dos que sofrem. Quereis aumentar as vossas posses? "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares." CM 31 3 Deus tornará a encher a mão -- Se todos desempenharem sua parte, não mais a esterilidade da vinha do Senhor falará condenando os que professam seguir a Cristo. O trabalho médico-missionário deve abrir a porta ao evangelho da verdade presente. Deve a terceira mensagem angélica ser ouvida em todos os lugares. Economizai! Despi-vos do orgulho. Dai a Deus vosso tesouro terrestre. Dai o que puderdes agora, e ao cooperardes com Cristo, vossa mão se abrirá para conceder ainda mais. E Deus vos tornará a encher a mão, para que o tesouro da verdade possa ser levado a muitas pessoas. Ele vos dará, para que possais dar aos outros. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1901. ------------------------Capítulo 10 -- Apelo a maior fervor CM 32 1 O mundo e as igrejas estão quebrando a lei de Deus, e se deve dar a advertência: "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice de Sua ira." Com tal maldição pesando sobre os transgressores do santo sábado de Deus, não deveríamos nós mostrar maior fervor, mais zelo? Por que somos nós tão indiferentes, tão egoístas, tão absorvidos pelos interesses temporais? Está o nosso interesse divorciado de Jesus? Tornou-se a verdade aguda demais, foi sua aplicação íntima demais a nós e, como os discípulos de Cristo que se ofenderam, temos nós nos afastado para os elementos desprezíveis do mundo? Gastamos dinheiro para fins egoístas e satisfazemos nossos próprios desejos, enquanto muitos perecem sem o conhecimento de Jesus e da verdade. Por quanto tempo, irá isso continuar? CM 32 2 Devem todos ter uma fé viva -- uma fé que opere por amor, e purifique a vida. Os homens e mulheres estão sempre prontos a fazer tudo o que satisfaça o eu, mas quão pouco desejam fazer por Jesus, e pelos seus semelhantes, que estão perecendo por falta da verdade! [...] CM 32 3 Depositar agora no banco do Céu -- Não é chegado agora o tempo em que devemos começar a diminuir nossas posses? Que Deus ajude a vós, que podeis fazer algo agora, a fim de que depositeis no banco do Céu. Não pedimos um empréstimo, mas uma oferta voluntária -- uma devolução ao Mestre de Seus próprios bens, que Ele vos tem emprestado. Se amais a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a vós mesmos, cremos que disso dareis provas tangíveis nas ofertas voluntárias para nosso trabalho missionário. Há pessoas a salvar, e oxalá possais ser colaboradores de Jesus Cristo na salvação dessas pessoas por quem Cristo deu Sua vida. O Senhor vos abençoará no bom fruto que derdes para a Sua glória. Oxalá o Espírito Santo que inspirou a Bíblia tome posse de vosso coração, levando-vos a amar Sua Palavra, que é espírito e vida. Que isto vos abra os olhos para descobrirdes as coisas do Espírito de Deus. A razão de haver hoje tanta religião com estatura de pigmeus é não haver o povo aplicado a sua vida a abnegação e o sacrifício. -- The Review and Herald, 8 de Janeiro de 1889. CM 33 1 A chuva serôdia é retardada -- O grande derramamento do Espírito de Deus, que ilumina toda a Terra com a Sua glória, não virá enquanto não tivermos um povo iluminado, que conheça por experiência própria o que significa ser colaboradores de Deus. Quando tivermos uma consagração plena, de todo coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato derramando Seu Espírito sem medida; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte da igreja não se transformar em coobreiros de Deus. Deus não pode derramar Seu Espírito quando o egoísmo e a condescendência própria são tão manifestos; quando prevalece um espírito que, traduzido em palavras, exprimiria a resposta de Caim: "Sou eu guardador de meu irmão?" -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1896. CM 33 2 Subordinar todo interesse terreno -- Meus prezados irmãos e irmãs, eu vos falo com palavras de amor e ternura. Deve-se fazer com que todo interesse terreno se subordine à grande obra de redenção. Lembrai-vos de que se deve ver na vida dos seguidores de Cristo a mesma devoção, a mesma sujeição à obra de Deus de todos os reclamos sociais e de todas as afeições terrenas, que se via em Sua vida. As reivindicações de Deus devem sempre tornar-se supremas. "Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim." A vida de Cristo é o nosso compêndio. Seu exemplo deve inspirar-nos a fazer incansáveis e abnegados esforços para o bem dos outros. [...] CM 33 3 Toda faculdade dos servos de Deus deve ser conservada em contínuo exercício no sentido de levar muitos filhos e filhas a Deus. Não deve haver, em Seu serviço, nenhuma indiferença, nenhum egoísmo. Qualquer desvio da abnegação para a condescendência consigo mesmo, qualquer afrouxamento da súplica fervorosa pedindo a operação do Espírito Santo, significa o mesmo poder dado ao inimigo. Cristo está inspecionando Sua igreja. Quantas pessoas há cuja vida religiosa é sua própria condenação! CM 33 4 Deus exige aquilo que nós não damos -- consagração sem reservas. Se todo cristão tivesse sido fiel ao voto feito ao aceitar a Cristo, tantas pessoas no mundo não teriam sido deixadas a perecer no pecado. Quem responderá pelas pessoas que têm baixado à sepultura sem estar preparadas para se encontrarem com o seu Senhor? Cristo Se ofereceu como um sacrifício completo em nosso favor. Com fervor trabalhou para salvar os pecadores! Quão incansáveis eram Seus esforços no sentido de preparar Seus discípulos para o trabalho! Mas quão pouco temos feito! E a influência do pouco que fizemos tem sido terrivelmente enfraquecida pelo efeito neutralizador do que deixamos por fazer, ou iniciamos e nunca levamos a cabo, e pelos nossos hábitos de descuidada indiferença. Quanto temos perdido por deixar de avançar para realizar o trabalho que Deus nos deu! Como cristãos professos, deveríamos espantar-nos com tal perspectiva. -- The Review and Herald, 30 de Dezembro de 1902. CM 34 1 O espírito de sacrifício -- O plano de salvação foi estabelecido num sacrifício tão amplo, profundo e elevado que é incomensurável. Cristo não enviou Seus anjos a este mundo caído enquanto Ele ficava no Céu; mas Ele mesmo saiu a campo, levando a injúria. Tornou-Se varão de dores, familiarizado com a tristeza; levando Ele mesmo as nossas enfermidades e as nossas fraquezas. E a falta de abnegação em Seus professos seguidores, Deus considera como negação do nome de cristão. Os que professam ser um com Cristo, e contemporizam com seus desejos egoístas de riquezas, e vestes, mobílias e alimentos dispendiosos, são cristãos apenas no nome. Ser cristão é ser semelhante a Cristo. CM 34 2 E ainda assim quão verdadeiras são as palavras do apóstolo: "Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus." As obras de muitos cristãos não correspondem ao nome que levam. Agem como se nunca tivessem ouvido falar no plano da redenção executado a um preço infinito. A maioria almeja fazer para si um nome no mundo; adotam suas formas e cerimônias, e vivem para a condescendência com o próprio eu. Seguem seus propósitos com o mesmo ardor com que o mundo o faz, e assim limitam seu poder de ajudar a estabelecer o reino de Deus. [...] CM 34 3 A obra de Deus, que deveria estar avançando dez vezes mais que na presente força e eficiência, é detida como a primavera retardada pelo sopro gélido do inverno, porque alguns do professo povo de Deus se estão apropriando dos meios que devem ser dedicados a Seu serviço. Visto não estar entretecido na vida prática o amor abnegado de Cristo, a igreja está fraca, onde deveria ser forte. Devido a seu próprio procedimento apagou sua luz e privou milhões do evangelho de Cristo. [...] CM 34 4 Como podem aqueles por quem Cristo tanto Se sacrificou, continuar a desfrutar egoistamente Seus dons? Seu amor e abnegação não têm paralelo; e quando esse amor entrar na experiência de Seus seguidores, eles identificarão seus interesses com os de seu Redentor. Sua obra será o estabelecimento do reino de Cristo. Consagrar-Lhe-ão seu ser e suas posses, e a ambos usarão conforme Sua causa requeira. CM 34 5 Isso nada mais é do que o que Jesus espera de Seus seguidores. Nenhum indivíduo que tenha diante de si um alvo tão elevado como seja a salvação de pessoas, terá prejuízo ao idear meios e maneiras de negar a si mesmo. Será essa uma obra individual. Tudo quanto nos for possível dar, fluirá para a tesouraria do Senhor, para ser usado na proclamação da verdade, a fim de que a mensagem da breve volta de Cristo e dos reclamos de Sua lei possa ser proclamada em todas as partes do mundo. Precisam ser enviados missionários para fazer essa obra. CM 34 6 O amor de Jesus no coração revelar-se-á tanto em palavras como em ação. O reino de Cristo será supremo. O eu será colocado em sacrifício vivo no altar de Deus. Todo aquele que verdadeiramente está unido a Cristo sentirá o mesmo amor pelas pessoas que levou o Filho de Deus a deixar Seu trono real, Seu alto comando, e, por amor de nós, Se tornar pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. -- The Review and Herald, 13 de Outubro de 1896. CM 35 1 Apelo a famílias consagradas -- Deus apela para o esforço pessoal dos que conhecem a verdade. Apela para que famílias cristãs vão às comunidades que jazem nas trevas e em erro, para que vão aos campos estrangeiros, a fim de se familiarizarem com uma nova classe de sociedade, e trabalharem sábia e perseverantemente em prol da causa do Mestre. Para atender a esse chamado, há necessidade de abnegação. CM 35 2 Enquanto muitos estão esperando que todo obstáculo seja removido, pessoas perecem sem esperança e sem Deus no mundo. Por amor às vantagens mundanas, visando adquirir conhecimento científico, muitos, muitíssimos mesmo, aventurar-se-ão a ir a regiões pestilentas, e irão a países onde pensam poderem obter vantagens comerciais; mas onde estão os homens e mulheres que trocarão de localidade e se mudarão com sua família para regiões que necessitam da luz da verdade, a fim de que seu exemplo possa influir sobre os que neles virem os representantes de Cristo? CM 35 3 De todos os quadrantes do mundo, vem o clamor macedônico, e homens estão dizendo: "Passa, [...] e ajuda-nos", e por que não há decidida resposta? Milhares devem ser constrangidos pelo Espírito de Cristo a seguir o exemplo dAquele que deu Sua vida pela vida do mundo. Por que recusar fazer decididos, abnegados esforços para instruir os que não conhecem a verdade para este tempo? O Missionário-Chefe veio ao nosso mundo, e foi adiante de nós para nos mostrar a maneira em que devemos trabalhar. Ninguém pode demarcar um rumo preciso para aqueles que pretendem ser testemunhas de Cristo. CM 35 4 Os que têm recursos são duplamente responsáveis; pois esses meios lhes foram confiados por Deus, e devem sentir sua responsabilidade quanto a fazer a obra de Deus avançar em seus vários ramos. O fato de a verdade, com os seus áureos elos, unir as pessoas ao trono de Deus, deveria inspirar os homens a trabalharem com toda a energia que Deus lhes deu, para negociarem com os bens do Senhor em regiões distantes, difundindo o conhecimento de Cristo bem longe, entre os gentios. CM 35 5 Muitos daqueles a quem Deus confiou meios com os quais poderiam ser uma bênção para a humanidade, têm permitido que estes se demonstrem uma cilada para eles, em vez de deixar que se demonstrem uma bênção para eles e para os outros. Dar-se-á o caso de se permitir que a propriedade que Deus vos deu se torne uma pedra de tropeço? Deixareis que os bens que Ele vos confiou, que vos foram dados para que com eles negociásseis, vos afastem da obra de Deus? Consentireis em que a confiança que em vós Deus tem depositado, como Seus mordomos fiéis, sirva para vos diminuir a influência e a utilidade, impedindo de serdes coobreiros de Deus? Permitir-vos-eis ficar seguros em casa, a fim de conservar os meios que Deus vos confiou para pô-los no banco dos Céus? Não podeis alegar que nada há a fazer; pois tudo está por fazer. Contentar-vos-eis com desfrutar os confortos de vosso lar, sem experimentar dizer às pessoas que perecem como poderão alcançar as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam? Não quereis vós sacrificar as vossas posses, a fim de que outros possam alcançar uma herança imortal? -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1896. ------------------------Capítulo 11 -- Vendendo casas e propriedades CM 37 1 Deus pede aos que têm posses em terras e casas, que as vendam para empregar o dinheiro onde for suprir a grande necessidade no campo missionário. Havendo eles experimentado a verdadeira satisfação que provém de assim fazer, manterão aberto o conduto, e os meios que o Senhor lhes confiou fluirão sem cessar para o tesouro, a fim de que pessoas se convertam. Esses, por sua vez, exercerão a mesma abnegação, economia e simplicidade por amor de Cristo, de maneira a poderem, também, levar suas ofertas a Deus. Mediante esses talentos, sabiamente empregados, outras pessoas ainda se podem converter; e assim prossegue a obra, mostrando que os dons de Deus são apreciados. O Doador é reconhecido, e a fidelidade de Seus mordomos redunda em glória para Ele. CM 37 2 Quando fazemos esses fervorosos apelos em benefício da causa de Deus, e apresentamos as necessidades financeiras de nossas missões, pessoas conscienciosas que crêem na verdade ficam profundamente comovidas. Como a viúva pobre, a quem Cristo louvou, a qual pôs no tesouro as duas moedinhas, dão de sua pobreza, ao máximo de sua capacidade. Essas pessoas privam-se muitas vezes das próprias necessidades aparentes da vida; ao passo que há homens e mulheres que, possuindo casas e terras, apegam-se ao tesouro terreno com tenaz egoísmo, e não têm fé suficiente na mensagem e em Deus para empregar seus meios em Sua obra. A estes se aplicam especialmente as palavras de Cristo: "Vendei o que tendes, e dai esmolas". Lucas 12:33. CM 37 3 Esperar orientação individual -- Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. Dizem que os apelos no sentido de meios lhes tocam o coração, e querem fazer alguma coisa pelo Mestre que tudo tem feito por eles. A esses, eu diria: "Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever". -- Testemunhos Seletos 2:330. CM 37 4 Devem as posses ser reduzidas, em vez de aumentadas -- É agora que nossos irmãos deveriam estar reduzindo suas posses, em vez de aumentá-las. Estamos prestes a mudar-nos para uma terra melhor, a celestial. Não procedamos, pois, como quem queira habitar confortavelmente sobre a Terra, mas ajuntemos nossos objetos no espaço mais limitado possível. CM 38 1 Tempo virá em que de modo algum poderemos vender. Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta. -- Testemunhos Seletos 2:44. CM 38 2 Preparo para o tempo de angústia -- Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois terão de fugir diante de turbas enfurecidas, e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o avançamento da causa da verdade presente. Foi-me mostrado que é vontade de Deus que os santos se libertem de todo embaraço antes que venha o tempo de angústia, e façam um concerto com Deus mediante sacrifício. Se eles puserem sua propriedade no altar do sacrifício e ferventemente inquirirem de Deus quanto ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando dispor dessas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, sem nenhum estorvo para sobrecarregá-los. CM 38 3 Vi que se alguém se apegar a sua propriedade e não inquirir do Senhor quanto ao seu dever, Ele não fará conhecido esse dever, sendo-lhes permitido conservar sua propriedade, e no tempo da angústia isto virá sobre eles como uma montanha para esmagá-los, e eles procurarão dispor dela, mas não será possível. Ouvi alguém lamentar assim: "A causa estava definhando, o povo de Deus estava perecendo de fome pela verdade, e nenhum esforço fizemos para suprir a falta; agora nossa propriedade de nada vale. Oh! se tivéssemos permitido que ela se fosse, e acumulado tesouro no Céu!" CM 38 4 Vi que o sacrifício não aumentava, mas diminuía e era consumido. Vi também que Deus não requeria que todo o Seu povo dispusesse de suas propriedades ao mesmo tempo; mas se desejassem ser ensinados, Ele os ensinaria, em tempo de necessidade, quando vender e quanto vender. De alguns se tem pedido no passado que dispusessem de suas propriedades para sustentar a causa do advento, enquanto a outros tem sido permitido conservá-las até o tempo da necessidade. Então, quando a causa delas necessite, seu dever é vender. -- Primeiros Escritos, 56, 57. CM 38 5 Nenhuma ligação com a Terra -- A obra de Deus deve tornar-se mais ampla, e se Seu povo seguir o conselho que Ele lhe dá, não haverá em suas mãos muitos recursos para serem consumidos na conflagração final. Todos terão depositado seus tesouros onde a traça e a ferrugem não consomem; e o coração não terá uma ligação a prendê-lo à Terra. -- Testemunhos Seletos 1:67. ------------------------Capítulo 12 -- Uma prova de lealdade CM 39 1 "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares". Provérbios 3:9, 10. CM 39 2 Este texto ensina que Deus, como o Doador de todos os nossos benefícios, tem uma reivindicação sobre todos eles; que Seu pedido deve ser nossa primeira consideração; e que uma bênção especial sobrevirá a todo aquele que honrar esse pedido. CM 39 3 Aqui se estabelece um princípio que se vê em todo o trato de Deus com os homens. O Senhor colocou nossos primeiros pais no Jardim do Éden. Cercou-os de tudo aquilo que lhes poderia trazer felicidade, e lhes ordenou que O reconhecessem como o possuidor de todas as coisas. Fez crescer, no jardim, toda a árvore agradável à vista ou boa para comer; mas, dentre elas, fez uma reserva. De todas as demais, Adão e Eva poderiam comer livremente; mas, sobre essa única árvore, disse Deus: "Dela não comerás." Aí estava a prova de sua gratidão e lealdade a Deus. CM 39 4 Assim nos tem o Senhor comunicado as mais ricas bênçãos celestiais, ao nos dar Jesus. Com Ele, nos tem dado desfrutar abundantemente todas as coisas. Os produtos da terra, abundantes colheitas, os tesouros de ouro e de prata, são dádivas Suas. Casas e terras, o alimento e o vestuário, colocou-os na posse dos homens. Pede que O reconheçamos como o Doador de todas as coisas; e, por essa razão, diz: De todas as vossas posses reserva a décima parte para Mim, além das dádivas e ofertas, que devem ser trazidas à casa do Meu tesouro. É essa a provisão que Deus fez para levar avante a obra do evangelho. CM 39 5 Foi pelo próprio Senhor Jesus Cristo, que deu Sua vida pela vida do mundo, que foi ideado o plano do dar sistemático. Aquele que deixou as cortes reais, que Se despiu das honras de Comandante das hostes celestes, que revestiu Sua divindade da humanidade para poder levantar a raça caída; Aquele que por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos, falou aos homens, e em Sua sabedoria lhes contou o plano que tinha para a manutenção dos que levam Sua mensagem ao mundo. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1902. CM 39 6 As reservas de tempo e de recursos de Deus -- Usa-se a mesma linguagem quanto ao sábado que se usa na lei do dízimo: "O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus." Não tem o homem o direito nem poder para substituir o sétimo dia pelo primeiro. Poderá pretender fazê-lo, "todavia o fundamento de Deus fica firme". Os costumes e ensinos dos homens não diminuirão as exigências da lei divina. Deus santificou o sétimo dia. Essa porção específica de tempo, separada pelo próprio Deus para culto religioso, continua hoje tão sagrada como quando pela primeira vez foi santificada pelo nosso Criador. CM 40 1 De igual maneira, o dízimo de nossas rendas "santo é ao Senhor". O Novo Testamento não dá novamente a lei do dízimo, como também não dá a do sábado; pois pressupõe a validade de ambos, e explica sua profunda importância espiritual. [...] Enquanto nós como um povo estamos procurando dar fielmente a Deus o tempo que Ele conservou como Seu, não Lhe daremos também nós aquela parte de nossos meios que Ele exige? -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. CM 40 2 Tanto os bens como as rendas devem ser dizimados -- Como Abraão, devem dar o dízimo de tudo quanto possuem e de tudo o que recebem. O dízimo fiel é a parte do Senhor. Retê-lo, é roubar a Deus. Deve todo homem trazer livre, voluntária e alegremente os dízimos e ofertas à casa do tesouro do Senhor, pois, em fazê-lo, há uma bênção. Nenhuma segurança há em reter de Deus a parte que Lhe pertence. -- Manuscrito 159, 1899. CM 40 3 Para cada dispensação -- Tal [referindo-se à experiência de Abraão e de Jacó ao dar o dízimo] era a prática dos patriarcas e profetas antes do estabelecimento dos judeus como nação. Mas quando Israel se tornou um povo distinto o Senhor lhe deu definida instrução sobre esse ponto: "Todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor: santas são ao Senhor." Essa lei não deveria caducar com as ordenanças e ofertas sacrificais que tipificavam a Cristo. Enquanto Deus tiver um povo na Terra, Suas reivindicações sobre eles serão as mesmas. CM 40 4 O dízimo de todas as nossas rendas é do Senhor. Reservou-o para Si, para ser empregado em fins religiosos. Santo é. Nada menos que isso aceitou Ele em qualquer dispensação. A negligência ou adiamento desse dever, provocará o desagrado divino. Se todos os professos cristãos trouxessem seus dízimos fielmente a Deus, Seu tesouro estaria cheio. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. CM 40 5 Designado como uma grande bênção -- O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção ao povo judeu, do contrário o Senhor não lho haveria dado. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. Nosso Pai celeste não instituiu o plano da doação sistemática com o intuito de enriquecer-Se, mas para que o mesmo fosse uma grande bênção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava. -- Testemunhos Seletos 1:385. CM 41 1 Nove décimos valem mais do que os dez -- Têm-se muitas pessoas apiedado da sorte do Israel de Deus ao ser compelido a dar sistematicamente, além de dar, anualmente, ofertas liberais. Um Deus todo-poderoso sabia melhor que sistema de beneficência estaria em conformidade com a Sua providência, e deu a Seu povo instruções a esse respeito. Sempre têm provado que nove décimos valem mais para eles do que dez décimos. -- Testimonies for the Church 3:546. CM 41 2 Acentuada diferença dos dias dos judeus -- Devemos fazer ao Senhor a primeira doação de todas as nossas receitas. No sistema de beneficência ordenado aos judeus, ou deles se exigia que levassem ao Senhor as primícias de todas as Suas dádivas, fosse aumento de seus rebanhos e manadas como no produto dos campos, pomares ou vinhedos, ou deveriam eles redimi-las, dando em substituição o equivalente. Quão diversa é a ordem de coisas nos nossos dias! As reivindicações e exigências do Senhor são deixadas para o fim, se é que recebem alguma atenção. No entanto, nosso trabalho necessita de dez vezes mais meios agora do que necessitavam os judeus. CM 41 3 A grande comissão dada aos apóstolos foi a de irem a todo o mundo pregar o evangelho. Mostra isso a extensão da obra, e a crescente responsabilidade que repousa sobre os seguidores de Cristo, nos nossos dias. Se a lei exigia dízimos e ofertas milhares de anos atrás, quão mais necessários são eles agora! Se ricos e pobres deviam dar uma importância, proporcional a sua prosperidade, na economia judaica, isso agora é duplamente indispensável. -- Testimonies for the Church 4:474. ------------------------Capítulo 13 -- Apoiado sobre princípios eternos CM 42 1 O sistema do dízimo remonta para além dos dias de Moisés. Requeria-se dos homens que oferecessem dons a Deus com intuitos religiosos, antes mesmo que o sistema definido fosse dado a Moisés -- já desde os dias de Adão. Cumprindo o que Deus deles requer, deviam manifestar em ofertas a apreciação das misericórdias e bênçãos a eles concedidas. Isto continuou através de sucessivas gerações, e foi observado por Abraão, que deu dízimos a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. CM 42 2 O mesmo princípio havia nos dias de Jó. Jacó, quando errante e exilado, destituído de bens, deitou-se à noite em Betel, solitário e tendo por travesseiro uma rocha, prometeu ao Senhor: "De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo". Gênesis 28:22. Deus não obriga os homens a dar. Tudo quanto derem, deve ser voluntário. Não quer ter o Seu tesouro cheio de ofertas dadas de má vontade. -- Testemunhos Seletos 1:372. CM 42 3 Paulo reconhece o sistema -- Em sua primeira carta à igreja de Corinto, Paulo deu aos crentes instruções referentes a princípios gerais sobre que assenta o sustento da obra de Deus na Terra. Escrevendo a respeito de Seu trabalho apostólico em favor deles, ele interroga: CM 42 4 "Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou, quem apascenta o gado e não come do leite do gado? Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança, e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. CM 42 5 "Se nós vos semeamos as coisas espirituais", indagou mais o apóstolo, "será muito que de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho". 1 Coríntios 9:7-14. CM 43 1 O apóstolo aqui se refere ao plano do Senhor para a manutenção dos sacerdotes que ministravam no templo. Os que eram separados para esse sagrado ofício eram mantidos por seus irmãos, aos quais ministravam bênçãos espirituais. "Os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo". Hebreus 7:5. A tribo de Levi fora escolhida pelo Senhor para os sagrados ofícios relacionados com o templo e o sacerdócio. Do sacerdote foi dito: "O Senhor teu Deus o escolheu [...] para que assista a servir no nome do Senhor". Deuteronômio 18:5. Um décimo de toda a renda era reclamado pelo Senhor como Lhe pertencendo. [...] CM 43 2 Foi a este plano para sustento do ministério que Paulo se referiu quando disse: "Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho." E mais tarde, escrevendo a Timóteo, disse o apóstolo: "Digno é o obreiro do seu salário". 1 Timóteo 5:18. -- Atos dos Apóstolos, 335, 336. CM 43 3 As exigências de Deus sobre nós -- Deus tem direito sobre nós e tudo o que temos. Seu direito está acima de qualquer outro. E, em reconhecimento desse direito, ordena que Lhe demos uma parte proporcional fixa de tudo o que Ele nos dá. Essa parte específica é o dízimo. Sob a direção do Senhor, foi-Lhe consagrado nos tempos mais remotos. [...] CM 43 4 Ao libertar Deus Israel do Egito para que Lhe fosse especial tesouro, ensinou-lhes que dedicassem o dízimo de suas posses ao serviço do tabernáculo. Era essa uma oferta especial para uma obra especial. Tudo o que restava de sua propriedade era de Deus, e deveria ser usado para a Sua glória. Mas o dízimo foi separado para o sustento dos que ministravam no santuário. Deveria ser dado das primícias de todas as suas rendas, e, juntamente com as dádivas e ofertas, prover abundantes meios para a manutenção do ministério do evangelho para aquele tempo. CM 43 5 Deus não requer menos de nós do que requeria de Seu povo, na antiguidade. Suas dádivas a nós não são menores, mas maiores que as concedidas ao antigo Israel. Seu serviço exige agora, e sempre exigirá, recursos. A grande obra missionária da salvação deve ser levada avante. Com o dízimo e as dádivas e ofertas, Deus fez ampla provisão para essa obra. Deseja que o ministério evangélico seja plenamente suprido. Reclama o dízimo como Seu, e este deve ser sempre considerado uma reserva sagrada, a ser colocada no Seu tesouro para o bem de Sua causa, para o avanço de Sua obra, para enviar Seus mensageiros às partes mais distantes da Terra. CM 43 6 Deus põe Sua mão sobre todas as coisas, tanto sobre os homens como suas posses, pois tudo Lhe pertence. Diz Ele: Eu sou o dono do mundo; Meu é o Universo, e quero que consagreis ao Meu serviço as primícias de tudo o que Eu, com as Minhas bênçãos, faço chegar às vossas mãos. Declara a Palavra de Deus: "As tuas primícias, [...] não retardarás." "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda." Exige Ele esse tributo como prova de nossa fidelidade a Ele. CM 44 1 Pertencemos a Deus; somos Seus filhos e filhas -- Seus pela criação e Seus pelo dom de Seu Filho unigênito, para a nossa redenção. "Não sois de vós mesmos [...] fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." A mente, o coração, a vontade, e as afeições pertencem a Deus; do Senhor é o dinheiro que manuseamos. Todo bem que recebemos e desfrutamos resulta da benevolência divina. Deus é o liberal doador de todo bem, e deseja que, da parte de quem recebe, haja reconhecimento dessas dádivas que provêem todas as necessidades do corpo e da alma. Deus só exige o que é Seu. A primeira parte é do Senhor, e deve ser usada como um tesouro que por Ele lhe foi confiado. O coração despido de egoísmo despertará quanto ao senso da bondade e do amor de Deus, e será levado a vivo reconhecimento de Suas justas reivindicações. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1896. ------------------------Capítulo 14 -- Um plano belo e simples CM 45 1 O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e eqüidade. Todos podem dele lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade, e não exige profundidade de saber o compreendê-lo e executá-lo. Todos podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem se pode tornar tesoureiro do Senhor, e agente em atender às exigências sobre o tesouro. [...] CM 45 2 Grandes objetivos se conseguem com este sistema. Se todos a uma o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de anunciar a última mensagem de advertência ao mundo. O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. A cada depósito feito, tornar-se-ão mais ligados à causa da verdade presente. Eles estarão entesourando "para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". -- Testemunhos Seletos 1:367, 368. CM 45 3 Para ricos e pobres -- No sistema bíblico de dízimos e ofertas, as quantias pagas por várias pessoas certamente variarão muito, visto serem proporcionais às rendas. Para o pobre, o dízimo será de uma importância comparativamente pequena, e suas dádivas serão de acordo com a sua possibilidade. Mas não é o vulto da dádiva que torna a oferta aceitável a Deus, é o propósito do coração, o espírito de gratidão e amor que ela expressa. Não julgue o pobre serem suas dádivas tão pequenas que não sejam dignas de nota. Dêem segundo a sua capacidade, sentindo que são servos de Deus, e que Ele lhes aceitará a oferta. CM 45 4 Se ama e teme a Deus, aquele a quem Ele tem confiado grande capital não considerará um fardo pesado atender às exigências de uma consciência iluminada segundo os ditames de Deus. Será o rico tentado a entregar-se ao egoísmo e à avareza, e a recusar dar ao Senhor o que Lhe pertence. Mas o que é fiel a Deus, ao ser tentado, responderá a Satanás: "Está escrito": "Roubará o homem a Deus?" "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou o que dará o homem em recompensa da sua alma?" -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. CM 46 1 Obrigado pela relação de concerto -- Na grande obra de advertir o mundo, os que têm a verdade no coração, e são santificados pela verdade, desempenharão a parte que lhes foi designada. Serão fiéis na devolução dos dízimos e ofertas. Todo membro da igreja é obrigado pela relação de concerto com Deus a se privar de todo extravagante dispêndio de meios. Não permitamos que a falta de economia na vida doméstica nos torne incapazes de desempenhar nossa parte no fortalecimento da obra já estabelecida, e na penetração de novos territórios. -- The Review and Herald, 17 de Janeiro de 1907. CM 46 2 Rogo aos meus irmãos e irmãs de todo o mundo que despertem quanto à responsabilidade que sobre eles recai de devolver fielmente o dízimo. [...] Mantende conta fiel com vosso Criador. Reconhecei completamente a importância de ser justo para com Aquele que tem previsão divina. Diligentemente esquadrinhe cada um o seu coração. Examine suas contas e verifique em que pé estão suas relações para com Deus. CM 46 3 Aquele que deu Seu Filho unigênito para morrer por vós, fez um concerto convosco. Ele vos dá Sua bênção e em troca espera que Lhe tragais vossos dízimos e ofertas. Ninguém jamais ousará dizer que não havia um meio pelo qual pudesse compreender essa questão. O plano de Deus quanto aos dízimos e ofertas é declarado de modo definido no terceiro capítulo de Malaquias. Roga Deus a Seus agentes humanos que sejam fiéis ao pacto que com eles fez. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro", diz Ele, "para que haja mantimento na Minha casa". -- The Review and Herald, 3 de Dezembro de 1901. CM 46 4 Não uma lei rigorosa -- Alguns classificarão isto como uma das rigorosas leis a que os hebreus estavam obrigados. Não era um fardo, porém, para o coração voluntário que amava a Deus. Unicamente quando sua natureza egoísta era fortalecida pelo reter, é que os homens perdiam de vista as considerações eternas, estimando seus bens terrenos acima das pessoas. -- Testemunhos Seletos 1:375. CM 46 5 Só era um peso para o desobediente -- As Escrituras exigem que os cristãos adotem um plano de beneficência ativa, que mantenha em constante exercício o interesse pela salvação de seus semelhantes. A lei moral ordenava a observância do sábado, que não era um fardo, senão quando aquela lei era transgredida, e eles incorriam nas penas trazidas pela transgressão da mesma. O sistema dizimal não era nenhuma carga para os que não se apartavam desse plano. O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e dilatado, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era cristã. -- Testemunhos Seletos 1:371. CM 47 1 Mesquinha esmola -- Falo do sistema do dízimo; contudo como me parece mesquinho à mente! Que pequeno o preço! Como é vão o esforço de medir com regras matemáticas, o tempo, dinheiro e amor, em face de um amor e sacrifício incomensuráveis e que não se podem avaliar. Dízimos para Cristo! Oh, mesquinha esmola, vergonhosa recompensa daquilo que tanto custou. -- Testimonies for the Church 4:119. ------------------------Capítulo 15 -- Uma questão de honestidade CM 48 1 Um espírito mesquinho e egoísta impede os homens de darem a Deus o que Lhe pertence. O Senhor fez um concerto especial com o homem, de que se eles separassem regularmente a parte destinada ao avanço do reino de Cristo, Ele os abençoaria abundantemente, de tal modo que não haveria mais lugar para receber-Lhe as dádivas. Mas se os homens retiverem o que pertence a Deus, o Senhor declara abertamente: "Com maldição sois amaldiçoados." [...] CM 48 2 Os que reconhecem que dependem de Deus, sentirão dever ser honestos para com os seus semelhantes, e sobre tudo para com Deus, de quem todas as bênçãos da vida advêm. A evasão a Suas ordens positivas concernentes ao dízimo e às ofertas, acha-se registrada nos livros do Céu como roubo a Deus. CM 48 3 Nenhum homem desonesto para com Deus ou seus semelhantes pode realmente prosperar. O Deus altíssimo, o dono do Céu e da Terra, diz: "Na tua bolsa não terás diversos pesos, um grande e um pequeno. Na tua casa não terás duas sortes de efa, uma grande e uma pequena. Peso inteiro e justo terás; efa inteiro e justo terás; para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor teu Deus. Porque abominação é ao Senhor teu Deus todo aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça." Pelo profeta Miquéias, exprime o Senhor novamente Sua aversão à desonestidade: "Ainda há na casa do ímpio tesouros de impiedade? e efa pequeno, que é detestável? Seria Eu limpo com balança falsa? [...] Assim Eu também te enfraquecerei, ferindo-te e assolando-te por causa dos teus pecados". -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1889. CM 48 4 Perdendo a paz de consciência -- Quando lidamos injustamente com os nossos semelhantes ou com nosso Deus, desprezamos-Lhe a autoridade e ignoramos o fato de que Cristo nos comprou com a Sua própria vida. O mundo está roubando a Deus por atacado. Quanto mais Ele concede riquezas, tanto mais completamente reclamam os homens que elas são suas, para serem usadas como lhes aprouver. Mas seguirão os professos seguidores de Cristo os costumes do mundo? Perderemos a paz de espírito, a comunhão com Deus e com os nossos irmãos porque deixamos de dedicar a Sua causa a parte que Ele reivindica como Sua? CM 49 1 Tenham em mente aqueles que pretendem ser cristãos estarem negociando com capital que lhes foi confiado por Deus, e que deles se exige que sigam fielmente a direção das Escrituras quanto a seu emprego. Se vosso coração for reto para com Deus, não vos apropriareis dos bens do vosso Senhor empregando-os nos vossos próprios empreendimentos egoístas. [...] CM 49 2 Irmãos e irmãs, se o Senhor vos tem abençoado com bens, não os considereis vossos. Julgai-os vossos para que os useis para Deus, e sede fiéis e honestos ao dar os dízimos e ofertas! Quando fizerdes um voto, estai certos de que Deus espera que o cumprais tão depressa quanto possível. Não prometais uma porção ao Senhor e então dela vos aproprieis para o vosso próprio uso, a fim de que as vossas orações para Ele não se tornem uma abominação. É a negligência desses deveres claramente revelados que traz trevas sobre a igreja. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1889. CM 49 3 Nada menos que sacrilégio -- Aquilo que, de acordo com as Escrituras, foi posto à parte, como pertencendo ao Senhor, constitui a renda do evangelho, e não mais nos pertence. Não é nada menos que sacrilégio, um homem lançar mão do tesouro do Senhor a fim de se servir a si, ou a outros, em seus negócios temporais. Alguns são culpados de haver retirado do altar do Senhor aquilo que Lhe foi especialmente consagrado. Todos devem considerar esse assunto sob seu verdadeiro aspecto. Ninguém vendo-se em situação precária, tire dinheiro consagrado a fins religiosos, empregando-o para seu próprio proveito, e acalmando a consciência com o dizer que o restituirá futuramente. Prefira cortar as despesas segundo as rendas que tem, restringir as necessidades e viver de acordo com os meios, a usar o dinheiro do Senhor para fins seculares. -- Obreiros Evangélicos, 224. ------------------------Capítulo 16 -- Regularidade e planejamento CM 50 1 As instruções dadas pelo Espírito Santo por meio do apóstolo Paulo quanto às dádivas, apresentam um princípio que também se aplica ao dizimar: "No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." Pais e filhos são aqui incluídos. Não se dirige apenas aos ricos mas também aos pobres. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração [pela sincera consideração do plano prescrito de Deus] não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." As dádivas devem ser feitas tomando em consideração a grande bondade de Deus para conosco. CM 50 2 E que tempo mais apropriado se poderia escolher para pôr de parte o dízimo e apresentar nossas ofertas a Deus? No sábado pensamos sobre a Sua bondade. Temos-Lhe contemplado o trabalho da criação como sendo uma evidência de Seu poder na redenção. Nosso coração está pleno de gratidão pelo Seu grande amor. E agora, antes que a lida de uma semana comece, devolvemos-Lhe o que Lhe pertence, e com isso uma oferta para demonstrar a nossa gratidão. Assim, nossa prática será um sermão semanal a declarar que Deus é o possuidor de toda a nossa propriedade, e que Ele fez de nós mordomos, para a usarmos para a Sua glória. Todo reconhecimento de nossa obrigação para com Deus fortalecerá o senso de obrigação. A gratidão se aprofunda ao lhe darmos expressão, e a alegria que ela traz é vida para a alma e para o corpo. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1902. CM 50 3 Primeiro o dízimo, então as ofertas -- Essa questão de dar não é deixada ao impulso. Deus nos deu instrução a esse respeito. Especificou os dízimos e ofertas como sendo a medida de nossa obrigação. E Ele deseja que demos regular e sistematicamente. [...] Examine cada qual suas rendas com regularidade, pois são todas uma bênção de Deus, e ponha de parte o dízimo como um fundo separado, para ser sagradamente do Senhor. Em caso algum deve ser esse fundo dedicado a qualquer outro uso; deve ser unicamente dedicado ao sustento do ministério do evangelho. Depois de ser o dízimo posto à parte, sejam as dádivas e ofertas proporcionais: "segundo a sua prosperidade". -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1893. CM 51 1 Atendendo primeiro às exigências de Deus -- Não somente exige o Senhor o dízimo como sendo Seu, mas também nos diz como deve ser reservado para Ele. Diz: "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de todas as tuas rendas." Não nos ensina isso que devemos gastar nossos meios com nós mesmos, levando ao Senhor o restante, muito embora seja, quanto ao mais um dízimo honesto. Seja a parte de Deus separada em primeiro lugar. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1902. CM 51 2 Não Lhe devemos consagrar o que resta de nossas rendas, depois que todas as nossas necessidades reais ou imaginárias tenham sido satisfeitas; mas antes de qualquer parte ser gasta devemos pôr de parte aquilo que Deus especificou como Seu. CM 51 3 Muitas pessoas atendem a todas as exigências e obrigações inferiores e deixam a Deus apenas as últimas respigas, se as houver. Não havendo, Sua causa deve esperar até uma ocasião mais conveniente. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. ------------------------Capítulo 17 -- A mensagem de Malaquias CM 52 1 As reprovações, advertências e promessas do Senhor são dadas em linguagem definida em Malaquias 3:8: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos?" O Senhor responde: "Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação." CM 52 2 O Senhor do Céu lança um repto àqueles a quem Ele tem suprido com a Sua liberalidade, para que O provem. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." CM 52 3 Essa mensagem nada perdeu de sua força. É justamente tão nova quanto a sua importância como novas e contínuas são as dádivas de Deus. Não há dificuldade em compreender qual seja nosso dever à luz desta mensagem, dada por intermédio do santo profeta de Deus. Não sois deixados a tropeçar nas trevas e na desobediência. A verdade é exposta claramente e pode ser claramente entendida por todos os que desejam ser sinceros à vista de Deus. O dízimo de toda a nossa renda é do Senhor. Ele põe a mão sobre a parte que especificou que Lhe devemos devolver e diz: Eu vos permito usar Minha generosidade, depois de terdes separado o dízimo, e de vos terdes apresentado diante de Mim com dádivas e ofertas. CM 52 4 O Senhor pede que Seu dízimo seja entregue em Seu tesouro. Estrita, honesta e fielmente, seja-Lhe devolvida esta parte. Além disso, Ele pede vossas dádivas e ofertas. Ninguém é forçado a apresentar ao Senhor Seus dízimos e ofertas. Mas com a mesma certeza com que a Palavra de Deus nos é dada, com essa mesma certeza requererá Ele, com juros, de todo ser humano, o que Lhe pertence. Se os homens forem infiéis em dar a Deus o que é Seu; se desrespeitarem a ordem de Deus a Seus mordomos, não terão por muito tempo a bênção daquilo que o Senhor Lhes confiou. [...] CM 52 5 O Senhor deu a cada um a sua obra. Devem Seus servos agir em sociedade com Ele. Se quiserem, podem os homens recusar ligar-se com o Criador; poderão recusar entregar-se ao Seu serviço e negociar com os bens que Ele lhes confiou; poderão deixar de exercer a economia e o domínio próprio, e se poderão esquecer de que o Senhor exige devolução daquilo que Ele lhes deu. Todos esses são mordomos infiéis. CM 53 1 O mordomo fiel fará tudo o que lhe for possível no serviço de Deus; o único objeto que terá diante de si será a grande necessidade do mundo. Reconhecerá que a mensagem da verdade deve ser dada não somente na sua vizinhança, mas nas regiões distantes. Sempre que o homem alimenta esse espírito, o amor da verdade e a santificação que receberá pela verdade, banirão a avareza, a fraude e toda espécie de desonestidade Suplemento de The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896. CM 53 2 Ousado repúdio -- "Compreendo que também estais proclamando que não devemos dar o dízimo. Meu irmão, tirai o sapato de vossos pés, pois o lugar em que estais é terra santa. O Senhor falou com relação a dar os dízimos. Ele disse: 'Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança!' [...] CM 53 3 "Muito recentemente tive luz direta do Senhor sobre essa questão, a de que muitos adventistas do sétimo dia estavam roubando a Deus nos dízimos e ofertas, e me foi claramente revelado que Malaquias apresentou o caso como ele realmente é. Como ousa então o homem até mesmo pensar em seu coração que uma sugestão para reter os dízimos e ofertas vem do Senhor? Onde, meu irmão, vos desviastes do caminho? Oh, ponde os vossos pés de novo no caminho reto!". -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 60. CM 53 4 Roubar a Deus -- Ter o nome no livro da igreja não vos faz cristão. Tendes de trazer vossas dádivas ao altar de sacrifício, cooperando com Deus no máximo de vossa capacidade, para que, por vosso intermédio, possa Ele revelar a beleza de Sua verdade. Nada recuseis ao Salvador. Tudo é dEle. Nada teríeis para dar, não vos tivesse Ele dado primeiro. CM 53 5 O egoísmo tem penetrado e se tem apoderado do que pertence a Deus. Isso é cobiça, que é idolatria. Os homens monopolizam o que Deus lhes emprestou, como se isso fosse propriedade sua, para delas fazerem o que lhes aprouver. Quando seu poder de angariar riquezas é satisfeito, pensam que suas posses os tornam valiosos à vista de Deus. Isso é uma cilada, um engano de Satanás. Que valem a pompa e a ostentação exteriores? Que ganham os homens e mulheres com o orgulho e a condescendência própria? "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" O tesouro terreno é transitório. Somente por Cristo poderemos obter riquezas eternas. A riqueza que Ele dá está acima de toda avaliação. Tendo achado a Deus, sois sumamente ricos na contemplação de Seu tesouro. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam." CM 54 1 Perguntai a vós mesmos: Que estou eu fazendo com os talentos do Senhor? Estais-vos colocando no lugar em que se podem aplicar a vós as palavras: "Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação"? CM 54 2 Vivemos num tempo de solene privilégio e santo legado, num tempo em que nosso destino está sendo decidido para a vida ou para a morte. Despertemos. Vós que pretendeis ser filhos de Deus, trazei vossos dízimos para o Seu tesouro. Dai vossas ofertas voluntária e abundantemente, segundo Deus vos tem feito prosperar. Lembrai-vos de que o Senhor vos confiou talentos, com os quais deveis diligentemente negociar para Ele. Lembrai-vos, também, de que o servo fiel não se arroga nenhum crédito. Todo louvor e glória são dados ao Senhor: Tu me entregaste o Teu depósito. Nenhum ganho se poderia ter sem que primeiro tivesse havido um depósito. Não poderia haver juros sem o principal. O Senhor adiantou o capital. DEle vem o êxito no negócio, e a Ele pertence a glória. CM 54 3 Oh, se todos os que conhecem a verdade tão-somente obedecessem aos ensinos dessa verdade! Por que é que os homens, estando no próprio limiar do mundo eterno são tão cegos? Não há, por assim dizer, escassez de recursos entre os adventistas do sétimo dia. Mas muitos adventistas do sétimo dia deixam de reconhecer a responsabilidade que sobre eles repousa de cooperar com Deus e com Cristo na obra da salvação. Não revelam ao mundo o grande interesse de Deus pelos pecadores. Não procuram aproveitar ao máximo as oportunidades que lhes são concedidas. Tem-se apoderado da igreja a lepra do egoísmo. O Senhor Jesus Cristo curará a igreja dessa terrível enfermidade, se esta quiser ser curada. O remédio encontra-se no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1901. CM 54 4 Questão séria -- Coisa séria é apropriar-se dos bens do Senhor, praticar furto para com Deus; pois, ao fazê-lo, as percepções se tornam pervertidas e o coração, endurecido. Quão árida é a experiência religiosa, quão nublado o entendimento daquele que não ama a Deus com amor puro e abnegado, e que, portanto, deixa de amar ao próximo como a si mesmo. [...] CM 54 5 O último grande dia revelará tanto a eles como a todo o Universo que bem se poderia ter feito, não tivessem eles seguido suas inclinações egoístas, e assim roubado a Deus nos dízimos e ofertas. Poderiam ter posto seu tesouro no banco do Céu, preservando-o em sacos que não envelhecem; mas, em vez de o fazerem, gastavam-no consigo mesmos e com seus filhos, e pareciam temer que o Senhor lhes tirasse um pouco do dinheiro ou da influência, e assim tiveram de sofrer perda eterna. Contemplem eles as conseqüências de reter o que é de Deus. O servo negligente, que não põe o dinheiro do Senhor a render juros, perde uma herança eterna no reino da glória. -- The Review and Herald, 22 de Janeiro de 1895. CM 55 1 Defraudar o Senhor é o maior crime de que um homem pode ser culpado; e ainda assim é esse pecado profunda e amplamente difundido. -- The Review and Herald, 13 de Outubro de 1896. CM 55 2 Cada dólar escriturado -- Deixareis de dar ao Senhor o que Lhe pertence? Desviareis do tesouro a parte dos meios que o Senhor reivindica como Sua? Se assim é, estais roubando a Deus e cada dólar é escriturado contra vós nos livros do Céu. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890. CM 55 3 Por que as bênçãos são retidas de alguns -- Apressai-vos, meus irmãos e irmãs, a levar ao Senhor dízimo fiel e levar-Lhe, também, voluntária oferta de gratidão. Muitos há que não serão abençoados enquanto não restituírem o dízimo que retiveram. O Senhor espera que redimais o passado. A mão da santa lei repousa sobre todos os que desfrutam as bênçãos de Deus. Façam, todos os que retiveram o dízimo, perfeito ajuste de contas, trazendo ao Senhor aquilo de que haviam privado Sua obra. Fazei restituição, e levai ao Senhor ofertas pacíficas: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo: sim, que faça paz comigo." Se reconhecerdes que fizestes mal em vos apropriardes indevidamente de Seus bens, arrependendo-vos franca e completamente, Ele vos perdoará a transgressão. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1901. CM 55 4 Trevas penetram na igreja -- Alguns deixam de educar o povo a cumprir com todo o seu dever. Pregam a parte de nossa fé que não cria oposição ou desagrada aos ouvintes, mas não declaram toda a verdade. O povo aprecia-lhes a pregação, mas há falta de espiritualidade porque as exigências do Senhor não são atendidas. Seu povo não Lhe dá em dízimos e ofertas o que Lhe pertence. Esse roubo a Deus, praticado tanto pelos ricos como pelos pobres, traz trevas às igrejas; e o pastor que com elas trabalha, e não lhes mostra a vontade de Deus claramente revelada, é condenado com o povo, por negligenciar seu dever. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1884. CM 55 5 É registrada a retenção egoísta -- Deus lê o pensamento cobiçoso em cada coração que se propõe reter o que é dEle. Ele vê os que são egoisticamente negligentes em devolver seus dízimos e levar ao tesouro as dádivas e ofertas. O Senhor Jeová compreende tudo isso. Como há diante dEle um memorial escrito daqueles que temem ao Senhor, e que se lembram do Seu nome, assim também é conservado o registro de todos os que se apropriam dos dons que Deus lhes confiou, para usar na salvação de pessoas. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1893. CM 56 1 Grande perda para o mordomo infiel -- A promessa aos que honram a Deus com a sua fazenda ainda está registrada na página sagrada. Houvesse o povo do Senhor obedecido fielmente às Suas orientações, e a promessa a eles ter-se-ia cumprido. Mas quando os homens desrespeitam as exigências de Deus, que lhe são claramente apresentadas, o Senhor lhes permite seguir seu próprio caminho, e colher o fruto de seus atos. Todo aquele que, para o seu próprio uso, se apropria da parte que Deus tem reservado, está-se demonstrando mordomo infiel. Não somente perderá o que reteve de Deus, mas também o que lhe fora confiado, como sendo seu mesmo. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1902. ------------------------Capítulo 18 -- Provemos o Senhor CM 57 1 "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." Obedeceremos a Deus trazendo todos os nossos dízimos e ofertas, a fim de que haja mantimento para atender às necessidades dos famintos do pão da vida? Deus vos convida a prová-Lo agora, ao chegar o fim do ano velho, e permitir que o novo ano vos encontre com os tesouros de Deus repletos. [...] CM 57 2 Diz-nos Ele que abrirá as janelas do Céu e derramará sobre nós uma bênção tal, que dela nos advirá a maior abastança. Empenha Sua palavra: "E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos Exércitos." Assim Sua palavra é a nossa segurança de que Ele de tal maneira nos abençoará que ainda teremos maiores dízimos e ofertas para dar. "Tornai vós para Mim, e Eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos." CM 57 3 Irmãos, cumprireis as condições? Ofertareis voluntária, alegre e abundantemente? As missões estrangeiras pedem meios da América do Norte. Pedirão em vão? As missões nacionais muito necessitam de dinheiro; foram estabelecidas pela fé, em diferentes partes do Campo. Serão elas deixadas a definhar e perecer? Não nos ergueremos? Deus ajude Seu povo a fazer o melhor que possa. CM 57 4 Nenhum risco se corre -- Oh, que graciosas, plenas, completas garantias nos são dadas, se tão-somente fizermos o que Deus pede que façamos! Apegai-vos a essa questão como se crêsseis que o Senhor faria justamente como prometeu. Aventuremos alguma coisa sob a Palavra de Deus. Em seu ardente desejo de enriquecer, muitas pessoas correm grandes riscos, passam por alto eternas considerações e sacrificam nobres princípios, contudo podem perder tudo nesse jogo. Mas, ao atender aos convites celestes nenhum risco temos que correr. Devemos pegar a Deus pela palavra, e, em simplicidade de fé, andar segundo a promessa e dar ao Senhor o que Lhe pertence. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. CM 57 5 Uma razão para a adversidade -- Muitos dos que professam ser cristãos provêem abundantemente para si mesmos, suprindo todas as suas necessidades imaginárias, ao passo que nenhuma atenção dão às necessidades da causa do Senhor. Pensam ser ganho roubar a Deus, retendo tudo ou uma egoísta proporção de Suas dádivas como sendo deles. Porém se defrontam com perda em vez de ganho. Sua atitude resulta na supressão da misericórdia e das bênçãos. Os homens têm perdido muito devido ao seu espírito egoísta e avarento. Tivessem eles reconhecido plena e francamente as reivindicações de Deus, atendendo-Lhe as exigências, ter-se-ia Sua bênção manifestado no aumento do produto da terra. Maiores teriam sido as colheitas. As necessidades de todos teriam sido abundantemente supridas. Quanto mais dermos, tanto mais receberemos. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1896. CM 58 1 Promessas juntamente com as ordens de Deus -- Dever é dever, e deve ser realizado por amor a ele. Mas o Senhor tem compaixão de nós, na nossa condição caída, e acompanha Suas ordens com promessas. Ele convida Seu povo a prová-Lo, declarando que recompensará a obediência com as mais ricas bênçãos. [...] Anima-nos Ele a Lhe darmos, declarando que a recompensa que nos dará será proporcional às nossas dádivas a Ele. "O que semeia em abundância, em abundância também ceifará." Deus não é injusto para que Se esqueça do vosso labor, do vosso trabalho de amor. CM 58 2 Quão terno, quão fiel é Deus para conosco! Dá-nos, em Cristo, as mais ricas bênçãos. Por Ele, põe Sua assinatura no contrato que conosco fez. -- The Review and Herald, 3 de Dezembro de 1901. ------------------------Capítulo 19 -- Apropriando-se dos fundos de reserva de Deus CM 59 1 Tem-me dado o Senhor, ultimamente, testemunhos especiais para transmitir quanto às advertências e promessas por Ele feitas por intermédio de Malaquias. Depois de haver eu falado com grande franqueza à igreja de Sydney [na Austrália], e estar colocando meu casaco, no vestuário, foi-me feita a pergunta: "Irmã White, acha que meu pai deve devolver o dízimo? Recentemente teve grande prejuízo, e diz que logo que liqüidar sua dívida, devolverá o dízimo." Perguntei: "Como considerais nossa obrigação para com Deus, que nos dá a vida e a respiração, e todas as bênçãos que desfrutamos? Quereríeis que nossa dívida para com Deus fosse continuamente aumentando? Roubar-Lhe-íeis a parte que Ele nunca nos deu para usar para qualquer outro propósito que não o de fazer Sua obra avançar, manter-Lhe os servos no ministério? Em resposta à vossa pergunta, interroga o profeta Malaquias: 'Roubará o homem a Deus? todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos?' como se não houvesse vontade de entender essa questão. Vem a resposta: 'Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação.' Depois de tal declaração, ousaria eu dizer-vos: Não precisais dar o dízimo enquanto estiverdes devendo? Quer que eu vos diga que certamente deveis pagar tudo o que deveis a qualquer homem, embora roubeis a Deus, para fazê-lo?" CM 59 2 Se todos aceitassem as Escrituras justamente como rezam, e abrissem o coração para compreender a Palavra do Senhor, não diriam: "Não posso ver a questão do dízimo. Não posso entender que nas minhas circunstâncias eu deva dar o dízimo." "Roubará o homem a Deus?" A conseqüência de assim fazer é francamente declarada, e eu não me arriscaria a sofrê-la. Todos os que assumirem a posição sincera e decidida de obedecer a Deus; que não tomarem os fundos de reserva do Senhor -- Seu dinheiro -- para liqüidar os débitos; que derem ao Senhor a parte que Ele reclama como Sua, receberão as bênçãos de Deus prometidas a todos os que Lhe obedecem. -- Special Testimony to Battle Creek Church, 8-10, Agosto de 1896. CM 60 1 A verdadeira razão de reterem -- Vi que alguns se têm escusado de ajudar à causa de Deus por terem dívidas. Tivessem eles examinado cuidadosamente seu próprio coração, e teriam descoberto que a verdadeira razão de não levarem a Deus oferta voluntária era o egoísmo. Alguns sempre continuarão devendo. Devido à sua cobiça, a mão prosperadora do Senhor não estará com eles, para lhes abençoar os empreendimentos. Amam mais a este mundo do que à verdade. Não estão sendo habilitados e preparados para o reino de Deus. -- Testimonies for the Church 1:225. CM 60 2 Retiveram os dízimos devido à falta de confiança -- O dízimo é sagrado, reservado por Deus para Si mesmo. Tem de ser trazido ao Seu tesouro, para ser empregado em manter os obreiros evangélicos em seu labor. Durante longo tempo o Senhor tem sido roubado, porque há pessoas que não compreendem ser o dízimo a porção que Deus Se reserva. CM 60 3 Alguns se têm sentido mal-satisfeitos, e dito: "Não devolverei mais o dízimo; pois não confio na maneira por que as coisas são administradas na sede da Obra." Roubareis, porém, a Deus, por pensardes que a administração da Obra não é correta? Apresentai vossa queixa franca e abertamente, no devido espírito, e às pessoas competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em ordem; mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque outros não estejam fazendo o que é correto. -- Obreiros Evangélicos, 226. CM 60 4 O primeiro dever é para com Deus -- Algumas pessoas se sentem sob sagrado dever para com os filhos. A cada um devem dar seu quinhão, mas se acham incapazes de conseguir meios para auxiliar à causa de Deus. Dão a desculpa de que têm um dever para com os filhos. Pode isso ser certo, mas seu primeiro dever é para com Deus. [...] Não permitais que alguém introduza suas exigências, levando-vos a roubar a Deus. Não permitais que vossos filhos roubem vossas ofertas do altar de Deus, usando-as para seu próprio proveito. -- Testimonies for the Church 1:220. ------------------------Capítulo 20 -- A resposta de uma consciência desperta CM 61 1 Como resultado das reuniões especiais na igreja de _____, tem-se feito decidido progresso na espiritualidade, piedade, caridade e atividade. Fizeram-se preleções sobre o pecado de roubar a Deus nos dízimos e ofertas. [...] CM 61 2 Muitos confessaram não terem devolvido o dízimo durante anos; e nós sabemos que Deus não pode abençoar os que O estão roubando, e que a igreja tem de sofrer em conseqüência dos pecados de seus membros individualmente. Há grande número de membros nos livros de nossa igreja, e se todos se prontificassem a dar dízimo fiel ao Senhor, que é a Sua porção, não haveria falta de recursos no tesouro. [...] CM 61 3 Ao ser apresentado o pecado de roubar a Deus, recebeu o povo mais clara visão de seu dever e privilégio nessa questão. Disse um irmão que, durante dois anos, não devolvera o dízimo e estava em desespero; mas ao confessar seu pecado, começou a criar ânimo. "Que farei?" perguntou ele. CM 61 4 Disse-lhe eu: "Dê um vale ao tesoureiro da igreja; isso resolverá o assunto." CM 61 5 Ele pensou ser esse um pedido um tanto estranho, mas se assentou e começou a escrever. "Pelo valor recebido, prometo pagar" [...] Olhou para cima, como se quisesse dizer: É essa a devida forma para escrever um vale para o Senhor? CM 61 6 "Sim", continuou, "pelo valor recebido. Não estou eu recebendo as bênçãos de Deus dia após dia? Não me têm os anjos guardado? Não me tem o Senhor abençoado com todas as bênçãos espirituais e materiais? Pelo valor recebido, prometo dar a importância de 571,50 dólares ao tesoureiro da igreja." Depois de fazer, de sua parte, tudo o que podia, era novamente um homem feliz. Dentro de poucos dias resgatou o vale e devolveu o dízimo à tesouraria. Deu, também, uma oferta de Natal de 125 dólares. CM 61 7 Outro irmão deu um vale de 1.000 dólares, esperando resgatá-lo dentro de algumas semanas; e outro deu um vale de 300 dólares. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1889. CM 61 8 O dízimo atrasado é propriedade de Deus -- Algumas pessoas têm por muito tempo negligenciado tratar honestamente com seu Criador. Deixando de separar o dízimo semanalmente, permitiram que este se acumulasse, até alcançar uma grande quantia, e agora relutam muito em endireitar a questão. Conservam esse dízimo atrasado, usando-o como se fosse deles. Mas é a propriedade de Deus, que eles têm recusado pôr no Seu tesouro. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890. CM 62 1 Devem os descuidados e indiferentes redimir sua honra -- Lembrem-se os que se tornam descuidados e indiferentes e que estão retendo os dízimos e ofertas, que estão bloqueando o caminho, de modo que a verdade não pode ir às regiões distantes. É-me ordenado apelar ao povo de Deus para que redima sua honra dando a Deus dízimo fiel. -- Manuscrito 44, 1905. CM 62 2 Pagar com vales -- Sexta-feira, de manhã, falei sobre a questão de dizimar. Esse assunto não tem sido apresentado às igrejas como deveria, e a negligência, juntamente com a crise financeira, causou acentuada queda nos dízimos no ano passado. Nessa assembléia, foi o assunto cuidadosamente ventilado, reunião após reunião. [...] CM 62 3 Certo irmão, homem de nobre aparência, delegado da Tasmânia, dirigiu-se a mim, dizendo: "Alegro-me em ouvi-la falar, hoje, sobre dizimar. Eu não sabia que essa questão fosse tão importante. Não mais ousarei negligenciá-la." Está agora calculando em quanto importava seu dízimo durante os últimos vinte anos, e diz que devolverá todo ele o mais depressa possível, pois não quer que o registro de roubo a Deus, no livro dos Céus, o enfrente no juízo. CM 62 4 Uma irmã, que pertencia à igreja de Melbourne, trouxe onze libras esterlinas de dízimo atrasado, que não havia compreendido ser seu dever devolver. Ao receberem a luz, muitos têm confessado sua dívida a Deus, e expressado sua determinação de saldar esse débito. [...] Propus que pusessem na tesouraria um vale, prometendo dar a quantia completa de um dízimo fiel, logo que pudessem obter dinheiro para o fazer. Muitas cabeças se inclinaram em sinal de assentimento, e confio em que, no próximo ano, não teremos, como agora, um tesouro vazio. -- Manuscrito 4, 1893. CM 62 5 Empalidecem ao pensarem no dízimo retido -- Muitas, muitas pessoas têm perdido o espírito de abnegação e sacrifício. Têm enterrado seu dinheiro nas posses temporais. Homens há a quem Deus tem abençoado e a quem está provando, para ver que resposta darão aos Seus benefícios. Têm retido seus dízimos e ofertas até sua dívida para com o Senhor Deus dos exércitos se ter tornado tão grande que eles empalideceram ao pensar em dar ao Senhor o que Lhe pertence -- dízimo justo. Apressai-vos, irmãos, tendes agora a oportunidade de ser honestos para com Deus; não demoreis. -- The General Conference Daily Bulletin, 28 de Fevereiro de 1893. CM 63 1 Enfrentando o novo ano -- Que é feito de vossa mordomia? Roubastes a Deus no ano passado, nos dízimos e ofertas? Olhai para vossos celeiros, para vossas despensas repletas de boas coisas que o Senhor vos tem dado, e perguntai a vós mesmos se tendes devolvido ao Doador o que a Ele pertence. Caso tenhais roubado ao Senhor, fazei restituição. Tanto quanto possível, endireitai o passado, e então pedi ao Salvador que vos perdoe. Não devolvereis ao Senhor o que é Seu, antes que este ano, com todo o seu peso de registro tenha passado para a eternidade? -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1902. CM 63 2 Restituição com contrição -- Onde quer que tenha havido qualquer negligência de vossa parte em restituir ao Senhor o que Lhe pertence, arrependei-vos, com contrição de alma, e fazei restituição, para que Sua maldição não recaia sobre vós. [...] Quando tiverdes feito o possível, de vossa parte, não retendo nada do que pertence a vosso Criador, podereis pedir-Lhe que proveja os meios para enviar ao mundo a mensagem da verdade. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1885. CM 63 3 A fidelidade de Jacó -- Jacó fez seu voto enquanto se achava refrigerado pelos orvalhos da graça, e revigorado pela presença e afirmação da promessa de Deus. Após haver-se dissipado a glória divina, teve tentações, como os homens de nossos tempos; foi no entanto fiel ao voto que fizera, e não abrigou pensamentos quanto à possibilidade de ser libertado do que prometera. Poderia haver raciocinado em grande parte como o fazem hoje os homens, que aquela revelação fora apenas um sonho, que ele estava indevidamente emocionado quando fizera o voto, e que portanto não era necessário cumpri-lo; mas assim não fez. CM 63 4 Longos foram os anos transcorridos até que Jacó ousasse volver a seu país; ao fazê-lo, porém, desempenhou-se fielmente de sua dívida para com o Senhor. Tornara-se rico, e grande soma de seus bens passou ao tesouro de Deus. CM 63 5 Muitos falham hoje no ponto em que Jacó teve êxito. Aqueles a quem Deus tem dado mais, têm mais forte inclinação de reter o que possuem, visto deverem dar importância proporcional a seus bens. Jacó deu o dízimo de tudo quanto possuía, e depois calculou o dízimo que usara, e deu ao Senhor o lucro daquilo que estivera usando para o próprio proveito durante o tempo em que estivera em terra pagã, e não pudera pagar seu voto. Isto representava uma grande soma; no entanto ele não hesitou; o que votara ao Senhor, não considerava como seu, mas do Senhor. CM 63 6 Segundo a importância concedida, será a soma requerida. Quanto maior o capital confiado, tanto maior a dádiva que Deus requer Lhe seja devolvida. Caso um cristão possua dez ou vinte mil dólares, os direitos de Deus sobre ele são imperativos no sentido de dar, não somente a proporção relativa ao sistema dizimal, mas de apresentar-Lhe as ofertas pelo pecado e as ofertas de gratidão. -- Testemunhos Seletos 1:545, 546. CM 64 1 A oração não substitui o dízimo -- A oração não tem o fim de operar qualquer mudança em Deus; ela nos põe em harmonia com Ele. Não ocupa o lugar do dever. Por mais freqüentes e fervorosas que sejam as orações feitas, jamais serão aceitas por Deus em lugar de nosso dízimo. A oração não paga nossas dívidas para com o Senhor. -- Mensagens aos Jovens, 248. CM 64 2 Antes que seja tarde demais -- Não tardará muito a terminar o tempo da graça. Se não servirdes agora fielmente ao Senhor, como enfrentareis o registro de vosso trato infiel? Não demorará muito e se fará a chamada para o ajuste de contas, e vos será perguntado: "Quanto deves a meu Senhor?" Se tiverdes recusado lidar honestamente com Deus, eu vos suplico que penseis em vossa deficiência, e, sendo possível, façais a restituição. Caso não seja possível fazê-lo, com humilde arrependimento orai para que Deus vos perdoe, por amor de Cristo, a grande dívida. Começai agora a agir como cristãos. Não vos desculpeis por deixardes de dar ao Senhor o que Lhe pertence. Agora, enquanto ainda se ouve a doce voz da graça, enquanto ainda não é tarde demais para endireitar os erros, enquanto se chama hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896. ------------------------Capítulo 21 -- O emprego do dízimo CM 65 1 Deus deu orientação especial quanto ao emprego do dízimo. Ele não quer que Sua obra seja entravada por falta de meios. Para que não haja uma obra acidental, nem engano, Ele tornou bem claro o nosso dever sobre esses pontos. A porção que Deus reservou para Si, não deve ser desviada para nenhum outro desígnio que não aquele por Ele especificado. Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo segundo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor. CM 65 2 O pastor deve, por preceito e exemplo, ensinar o povo a considerar o dízimo como sagrado. Não deve pensar que o pode reter e aplicar conforme o seu próprio juízo, por ser pastor. Não lhes pertence. Ele não tem a liberdade de separar para si o que pense pertencer-lhe. Não deve apoiar qualquer plano para desviar de seu legítimo emprego os dízimos e ofertas dedicados a Deus. Eles devem ser postos em Seu tesouro, e mantidos sagrados para o serviço dEle, de acordo com o que designou. CM 65 3 Deus deseja que todos os Seus mordomos sejam exatos no seguir os planos divinos. Eles não devem alterar os mesmos para praticar alguns atos de caridade, ou dar algum donativo ou oferta quando e como eles, os agentes humanos, acharem oportuno. É um lamentável método da parte dos homens, procurarem melhorar os planos de Deus, inventando expedientes, tirando uma média de seus bons impulsos, contrapondo-os às reivindicações divinas. Deus requer de todos que ponham sua influência do lado de Seu próprio plano. Ele o tornou conhecido; e todos quantos quiserem cooperar com Ele, têm de levar avante este plano, em vez de ousar tentar melhorá-lo. CM 65 4 O Senhor instruiu a Moisés quanto a Israel: "Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido para o candeeiro, para fazer arder as lâmpadas continuamente". Êxodo 27:20. Isso devia ser uma oferta contínua, para que a casa de Deus fosse devidamente provida do que era necessário para Seu serviço. Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidada. Mas o fundo para essa obra não deve provir do dízimo. CM 65 5 Uma mensagem muito clara, definida, me foi dada para nosso povo. É-me ordenado dizer-lhes que estão cometendo um erro em aplicar os dízimos a vários fins, os quais, embora bons em si mesmos, não são aquilo em que o Senhor disse que o dízimo deve ser aplicado. Os que assim o empregam, estão-se afastando do plano de Deus. Ele os julgará por essas coisas. CM 66 1 Outros ramos devem ser mantidos, mas não com os dízimos -- Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado -- o sustento dos pastores. [...] CM 66 2 O dízimo pertence ao Senhor, e todos aqueles que tocam nele serão punidos com a perda de seu tesouro celestial, a menos que se arrependam. Que a obra não continue mais a ser impedida porque o dízimo foi desviado para vários fins diversos daquele para que o Senhor disse que ele devia ir. Devem-se estabelecer provisões para esses outros ramos da obra. Eles devem ser mantidos, mas não do dízimo. Deus não mudou; o dízimo tem de ser ainda empregado para a manutenção do ministério. -- Obreiros Evangélicos, 224-227. CM 66 3 Inclui os professores de Bíblia -- Nossas Associações olham para as escolas em busca de obreiros educados e bem preparados, e deviam dar-lhes, a essas escolas, um apoio mais caloroso e inteligente. Tem sido comunicada positiva luz para que os que ministram em nossas escolas ensinando a Palavra de Deus, explicando as Escrituras, educando os alunos nas coisas divinas, sejam sustentados com o dinheiro do dízimo. Estas instruções foram dadas há muito tempo, e mais recentemente têm sido aqui e ali repetidas. -- Testemunhos Seletos 2:473. CM 66 4 Não é um fundo para os pobres -- O dízimo é separado para um uso especial. Não deve ser considerado fundo para os pobres. Deve ser dedicado especialmente ao sustento dos que estão levando a mensagem de Deus ao mundo; e não deve ser desviado desse propósito. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896. CM 66 5 Não é para as despesas da igreja -- Foi-me mostrado que é um erro usar o dízimo para atender a despesas ocasionais da igreja. Neste ponto, tem havido um desvio dos métodos corretos. Seria muito melhor vestir de maneira menos dispendiosa, reduzir vossos desejos, praticar a abnegação e atender a essas despesas. Assim fazendo, tereis uma consciência limpa. Mas estais roubando a Deus cada vez que pondes a mão no tesouro a fim de tirar fundos para atender às despesas correntes da igreja. -- Special Testimony to Battle Creek Church, 6, 7. ------------------------Capítulo 22 -- Educação pelos pastores e oficiais da igreja CM 67 1 Os que saem como pastores, têm uma solene responsabilidade pesando sobre eles, a qual é estranhamente negligenciada. Alguns gostam de pregar, mas não dedicam trabalho pessoal às igrejas. Há grande necessidade de instruções relativamente a obrigações e deveres para com Deus, especialmente no que respeita à devolução honesta do dízimo. Nossos pastores sentir-se-iam grandemente entristecidos se não fossem prontamente pagos por seu trabalho; mas, consideram eles que deve haver alimento no tesouro de Deus, com que se sustentem os obreiros? Se eles deixam de fazer todo o seu dever em educar o povo a ser fiel no devolver a Deus o que Lhe pertence, haverá falta de meios no tesouro para levar avante a obra do Senhor. CM 67 2 O superintendente do rebanho de Deus, deve-se desempenhar fielmente de seu dever. Se, porque isso lhe é desagradável, ele toma a atitude de deixar que qualquer outro o faça, não é um obreiro fiel. Leia ele as palavras do Senhor em Malaquias, acusando o povo de roubo para com Ele ao reterem os dízimos. O poderoso Deus declara: "Com maldição sois amaldiçoados". Malaquias 3:9. Quando aquele que ministra por palavra e doutrina, vê o povo seguindo um caminho que trará sobre si essa maldição, como pode negligenciar seu dever de dar instruções e advertências? Todo membro de igreja deve ser ensinado a ser fiel em devolver um dízimo honesto. -- Obreiros Evangélicos, 228. CM 67 3 Instruindo novos conversos -- O obreiro nunca deve deixar parte do trabalho por fazer, porque esta lhe não agrade, pensando que o pastor que vier depois a fará por ele. Quando assim acontece, se vem um segundo pastor, e apresenta as exigências de Deus quanto a Seu povo, alguns voltam atrás, dizendo: "O pastor que nos trouxe a verdade, não mencionou essas coisas." E se escandalizam com a palavra. Alguns recusam aceitar o sistema do dízimo; afastam-se, e não se unem mais com os que crêem na verdade e a amam. Quando outros pontos lhes são expostos, dizem: "Não nos foi ensinado assim", e hesitam em avançar. Quanto melhor teria sido se o primeiro mensageiro da verdade houvesse educado fiel e cabalmente esses conversos quanto a todos os assuntos essenciais, mesmo que poucos se houvessem unido à igreja pelo seu trabalho. Deus ficaria mais satisfeito com seis pessoas inteiramente convertidas à verdade, do que com sessenta fazendo profissão de fé, mas não estando de fato convertidas. CM 68 1 É parte da obra do pastor ensinar os que aceitam a verdade mediante seus esforços, a trazerem os dízimos ao tesouro, como testemunho de que reconhecem sua dependência de Deus. Os recém-conversos devem ser plenamente esclarecidos com relação ao seu dever de devolver ao Senhor o que Lhe pertence. O mandamento de devolver o dízimo é tão claro, que não há sombra de desculpa para desatendê-lo. Aquele que negligencia dar instruções a esse respeito, deixa por fazer uma parte importantíssima de sua obra. CM 68 2 Os pastores devem procurar também impressionar o povo com respeito à importância de tomarem outras responsabilidades em relação à obra de Deus. Ninguém é isento da obra de liberalidade. Deve-se ensinar ao povo que cada departamento da causa de Deus lhes deve merecer o apoio e atrair o interesse. O grande campo missionário acha-se aberto diante de nós, e esse assunto deve ser agitado, agitado, uma e outra vez. Deve-se fazer o povo compreender que não serão os ouvintes, mas os praticantes da Palavra, os que hão de alcançar a vida eterna. E é mister que se lhes ensine também que os que se tornam participantes da graça de Cristo, não somente devem partilhar seus recursos para o avançamento da verdade, mas cumpre-lhes entregar-se também, sem reservas, a Deus. -- Obreiros Evangélicos, 369-371. CM 68 3 O dever do pastor -- Nomeie a igreja pastores ou anciãos que sejam dedicados ao Senhor Jesus, e cuidem esses homens de que se escolham oficiais que se encarreguem fielmente do trabalho de recolher o dízimo. Se os pastores não se demonstrarem aptos para o cargo, se deixarem de apresentar à igreja a importância de devolver ao Senhor o que Lhe pertence, se não cuidarem de que os oficiais que estão sob suas ordens sejam fiéis, e que o dízimo seja trazido, estão em perigo. Estão negligenciando uma questão que envolve uma bênção ou maldição para a igreja. Devem ser afastados de sua responsabilidade, e outros homens devem ser experimentados e provados. CM 68 4 Devem os mensageiros do Senhor cuidar de que os membros da igreja Lhe cumpram fielmente as ordens. Deus diz que deve haver mantimento em Sua casa, e se se lidar indevidamente com o dinheiro do tesouro, se se considerar direito as pessoas usarem o dízimo como quiserem, o Senhor não poderá abençoar. Ele não pode suster os que pensam poder fazer o que querem com o que Lhe pertence. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896. CM 68 5 A responsabilidade dos oficiais da igreja -- É o dever dos anciãos e oficiais da igreja instruir o povo nessa importante questão, e pôr as coisas em ordem. Como coobreiros de Deus, devem os oficiais da igreja ser corretos nesse assunto claramente revelado. Devem os próprios pastores ser estritos quanto a executar ao pé da letra os preceitos da Palavra de Deus. Os que ocupam posição de responsabilidade na igreja não devem ser negligentes, devem antes fazer com que os membros sejam fiéis em cumprir esse dever. [...] Sigam os anciãos e oficiais da igreja a orientação da Palavra Sagrada, e insistam com os membros sobre a necessidade de ser fiéis em pagar os votos, dízimos e ofertas. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1889. CM 69 1 Ensinar os pobres a serem liberais -- Freqüentemente os que recebem a verdade se acham entre os pobres do mundo; não devem, porém, fazer disso uma desculpa para negligenciar os deveres que sobre eles recaem em vista da preciosa luz que receberam. Não devem permitir que a pobreza os impeça de depositar um tesouro no Céu. As bênçãos ao alcance do rico, acham-se também ao seu alcance. Se são fiéis no emprego do pouco que possuem, seu tesouro no Céu aumentará segundo sua fidelidade. É o motivo pelo qual trabalham, não a quantidade feita, que torna sua oferta valiosa à vista do Céu. -- Obreiros Evangélicos, 222. ------------------------Capítulo 23 -- Os princípios da mordomia CM 70 1 Estamos nós, como indivíduos, examinando a Palavra de Deus cuidadosamente e com oração, para não nos afastarmos de seus preceitos e exigências? O Senhor não nos contemplará com prazer se retivermos qualquer coisa, seja pequena ou grande, que Lhe deva ser devolvida. Se desejarmos gastar dinheiro para satisfazer nossas próprias inclinações, pensemos no bem que, com esse dinheiro, poderíamos fazer. Separemos, para o Mestre, quantias pequenas e grandes, a fim de que a obra possa ser edificada em outros lugares. Caso gastemos egoistamente o dinheiro tão necessário, o Senhor não nos abençoará com o Seu louvor, nem o poderá fazer. CM 70 2 Como despenseiros da graça de Deus, estamos lidando com o dinheiro do Senhor. Muito, muitíssimo significa para nós sermos fortalecidos, dia a dia, pela Sua abundante graça, sermos capazes de compreender Sua vontade, sermos achados fiéis tanto no pouco como no muito. Quando tal for a nossa experiência, o serviço de Cristo será para nós uma realidade. Deus requer isso de nós, e diante dos anjos e dos homens devemos revelar nossa gratidão pelo que Ele tem feito por nós. A benevolência de Deus para conosco, devemos nós retribuir em louvor e atos de misericórdia. [...] CM 70 3 Reconhecem todos os membros da igreja que tudo o que têm lhes é dado para ser usado e aperfeiçoado para a glória de Deus? Deus tem uma conta fiel com todo ser humano de nosso mundo. E, quando o dia de ajuste de contas chegar, não reclamará o mordomo fiel crédito algum para si. Não dirá: "Meu talento"; mas "Teu talento ganhou" outros talentos. Sabe que sem que lhe fosse confiado o dom, nenhum aumento poderia ter havido. Pensa que no desempenho fiel de sua mordomia nada mais fez que seu dever. O capital era do Senhor, e pelo Seu poder foi habilitado a com ele negociar com êxito. Seu nome apenas deve ser glorificado. Sabe que sem o capital que lhe foi confiado entraria em bancarrota para a eternidade. CM 70 4 A aprovação do Senhor é recebida quase com surpresa, não é portanto esperada. Mas Cristo lhe diz: "Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor". -- The Review and Herald, 12 de Setembro de 1899. CM 71 1 Como Deus prova seus mordomos -- Quão inclinado é o homem a pôr as afeições nas coisas terrenas! Absorve-se-lhe a atenção em casas e terras, e o dever para com os semelhantes é negligenciado; sua própria salvação é tratada como se fosse coisa de pouca conseqüência, sendo esquecidas as reivindicações de Deus sobre ele. Os homens apegam-se aos tesouros terrenos com tanta tenacidade como se os pudessem reter para sempre. Parecem pensar que têm o direito de fazer com seus meios o que bem lhes aprouver, não importando o que o Senhor tenha ordenado ou qual seja a necessidade de seus semelhantes. CM 71 2 Esquecem-se de que tudo o que reclamam como seu, simplesmente lhes foi entregue em confiança. São despenseiros da graça de Deus. Deus lhes confiou esse tesouro para prová-los, para que manifestem Sua atitude para com Sua causa, e revelem os pensamentos que tinham no coração para com Ele. Eles não estão apenas negociando para o tempo, mas para a eternidade, com o dinheiro de Seu Senhor, e o uso ou abuso de seu talento determinar-lhes-á a posição e a confiança no mundo vindouro. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1888. CM 71 3 Uma questão prática -- A idéia de mordomia devia ter influência prática sobre todo o povo de Deus. [...] A beneficência prática dará vida espiritual a milhares de professos nominais da verdade que ora lamentam as próprias trevas. Ela os transformará de egoístas e cobiçosos adoradores de Mamom, em zelosos, fiéis colaboradores de Cristo na salvação dos pecadores. -- Testemunhos Seletos 1:365, 366. CM 71 4 No lugar do dono da casa -- O mordomo identifica-se com o patrão. Aceita as responsabilidades de um mordomo e deve agir em lugar do dono da casa, fazendo o que este faria se estivesse presidindo. Os interesses do senhor tornam-se seus. A posição do mordomo é uma posição de dignidade, porque o patrão nele confia. Se, de qualquer modo, atuar egoistamente, e reverter as vantagens obtidas pelo negociar com os bens de seu senhor em proveito próprio, trai a confiança nele depositada. -- Testimonies for the Church 9:246. CM 71 5 O uso egoísta da riqueza prova infidelidade para com Deus e torna o mordomo inapto para gerir bens celestiais. -- Testemunhos Seletos 3:42. ------------------------Capítulo 24 -- Nossos talentos CM 72 1 A parábola dos talentos devidamente compreendida, excluirá a cobiça, que Deus chama de idolatria. -- Testemunhos Seletos 1:365. CM 72 2 Deus tem concedido talentos aos homens -- um intelecto para inventar, um coração para ser o lugar de Seu trono, afeições que extravasem em bênçãos para outros, uma consciência para convencer do pecado. Cada um tem recebido algo do Mestre, e devem todos fazer sua parte em suprir as necessidades da obra de Deus. CM 72 3 Deus deseja que Seus obreiros olhem para Ele como o Doador de tudo que possuem, que se lembrem de que tudo o que têm e são vem daquele que é maravilhoso em conselho e grande em obra. O delicado toque da mão do médico, seu poder sobre os nervos e os músculos, seu conhecimento do delicado organismo do corpo, são a sabedoria do poder divino, para ser usada em prol da humanidade sofredora. A habilidade com que o carpinteiro usa o martelo, a força com que o ferreiro faz retinir a bigorna, vêm de Deus. Ele tem confiado talentos aos homens, e deseja que O procurem em busca de conselho. Poderão assim usar-Lhe os dons com infalível aptidão, testificando que são coobreiros de Deus. CM 72 4 A propriedade é um talento. Deus envia a Seu povo a mensagem: "Vende tudo quanto tens e dá esmolas." Tudo que temos é, sem dúvida alguma, do Senhor. Ele nos pede que despertemos, para levar uma parte do fardo de Sua causa, a fim de que Sua obra possa prosperar. Todo cristão deve desempenhar sua parte como mordomo fiel. Os métodos de Deus são judiciosos e certos, e devemos negociar com nossas moedas e notas devolvendo-Lhe nossas ofertas voluntárias, para manter Sua obra, para levar pessoas a Cristo. Grandes e pequenas somas devem fluir para o tesouro do Senhor. [...] CM 72 5 A fala é um talento. De todos os dons concedidos à família humana, nenhum outro deve ser mais apreciado que o dom de falar. Deve ser usado para declarar a sabedoria e o maravilhoso amor de Deus. Assim devem os tesouros da Sua sabedoria e da Sua graça ser comunicados. CM 72 6 Quando o Salvador em nós habita, as palavras O revelam. Mas o Espírito Santo não habita no coração daquele que se impacienta quando os outros não concordam com suas idéias e planos. Dos lábios de tal homem saem palavras fulminantes, que afugentam o Espírito e desenvolvem atributos satânicos, em vez de divinos. O Senhor deseja que os que estão ligados a Sua obra falem, a todo tempo, com a mansidão de Cristo. Se fordes provocados, não vos impacienteis. Manifestai a brandura de que Cristo nos deu o exemplo em Sua vida. [...] CM 73 1 A força é um talento, e deve ser usada para glorificar a Deus. Nosso corpo Lhe pertence. Ele pagou o preço da redenção tanto pelo corpo como pela alma. [...] Melhor podemos servir a Deus no vigor da saúde do que na apatia da doença; portanto, deveríamos cooperar com Deus no cuidado de nosso corpo. O amor de Deus é indispensável à vida e à saúde. A fé em Deus é necessária para que tenhamos saúde. A fim de que tenhamos saúde perfeita, deve nosso coração estar cheio de amor, esperança e alegria no Senhor. [...] CM 73 2 A influência é um talento, e é um poder para o bem quando penetra em nosso trabalho o fogo sagrado aceso por Deus. A influência de uma vida santa tanto é sentida no lar como em toda parte. A beneficência prática, a abnegação e o sacrifício próprio que assinalam a vida de um homem exercem influência para o bem sobre aqueles com quem este se associa. [...] CM 73 3 Segundo a capacidade do recebedor -- No plano do Senhor, há diversidade na distribuição dos talentos. A um homem é dado um talento, a outro cinco, a outro dez. Esses talentos não são conferidos caprichosamente, mas segundo a capacidade de quem os recebe. CM 73 4 De acordo com os talentos concedidos serão os juros exigidos. A obrigação maior recai sobre quem se tornou mordomo de maior aptidão. O homem que tem dez dólares é tido como responsável por tudo o que se poderia fazer com dez dólares, caso fossem eles usados corretamente. O que só tem dez centavos apenas é responsável por essa quantia. [...] CM 73 5 É a fidelidade com que se usou o talento que granjeia o louvor do Senhor. Se quisermos ser reconhecidos como servos bons e fiéis, devemos fazer trabalho perfeito e consagrado em prol do Mestre. Ele recompensará o serviço diligente e honesto. Se os homens nEle puserem a sua confiança, se Lhe reconhecerem a compaixão e benevolência, e humildemente andarem diante dEle, Ele com eles cooperará. Aumentar-lhes-á os talentos. CM 73 6 "Negociai até que eu venha" -- Deus nos deixou encarregados dos Seus bens, na Sua ausência. Cada mordomo tem um trabalho especial a fazer para o avanço do reino de Deus. Ninguém é escusado. O Senhor nos ordena a todos: "Negociai até que Eu venha." Pela sabedoria que Lhe é própria, tem-nos dado orientação quanto ao uso de Seus dons. Os talentos da fala, memória, influência, propriedade, devem ser acumulados para a glória de Deus e o avanço de Seu reino. Ele abençoará o devido uso de Seus dons. CM 74 1 Alegamos ser cristãos, esperarmos a segunda vinda de nosso Senhor nas nuvens do Céu. Que faremos, então, com nosso tempo, compreensão e posses, que não são nossos, mas nos foram confiados para provar nossa fidelidade? Levemo-los a Jesus. Empreguemos nossos tesouros no avanço de Sua causa. Obedecer-Lhe-emos assim a ordem: "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração". -- The Review and Herald, 9 de Abril de 1901. CM 74 2 A cada homem a sua obra -- Chegou-se a entender que os talentos só são dados a uma certa classe privilegiada, com exclusão de outros que, certamente, não são chamados a partilhar das tarefas ou recompensas. Mas não é isso o que a parábola apresenta. Quando o Senhor da casa chamou os servos, deu a cada homem sua obra. Toda a família de Deus é incluída na responsabilidade de usar os bens de Seu Senhor. [...] CM 74 3 Num grau maior ou menor, a todos são confiados os talentos de seu Senhor. A capacidade espiritual, mental e física, a influência, condição social, posses, afetos, simpatia, são todos preciosos talentos, que devem ser usados na causa do Mestre, para a salvação daqueles por quem Cristo morreu. -- The Review and Herald, 26 de Outubro de 1911. CM 74 4 Por que são concedidos talentos -- Deve o povo de Deus reconhecer o fato de que Deus não lhes deu talentos para que enriqueçam com bens terrenos, mas a fim de que possam pôr de reserva um bom fundamento para o tempo futuro, a saber, para a vida eterna. -- The Review and Herald, 8 de Janeiro de 1895. ------------------------Capítulo 25 -- Responsabilidades do homem de um talento CM 75 1 Alguns daqueles a quem foi confiado apenas um talento se escusam por não terem um número tão grande de talentos como os que receberam muitos talentos. Como o mordomo infiel, escondem na terra o talento. Temem dar a Deus o que Ele lhes confiou. Empenham-se em empreendimentos mundanos, mas pouco investem, se é que investem alguma coisa, na causa de Deus. Esperam que os que têm grandes talentos suportem o peso do trabalho, enquanto eles acham não serem responsáveis pelo seu êxito e progresso. [...] CM 75 2 Muitos dos que professam amar à verdade estão fazendo essa mesma obra. Enganam a si próprios, pois Satanás lhes cegou os olhos. Ao roubarem a Deus, estão roubando mais a si mesmos. Devido a sua cobiça e ao seu coração mau e incrédulo, têm-se privado do tesouro celestial. CM 75 3 Por terem apenas um talento, temem confiá-lo a Deus, e o escondem na terra. Sentem-se isentos de responsabilidade. Gostam de ver o progresso da verdade, mas não pensam que são convidados a praticar a abnegação, e a ajudar o trabalho pelos seus próprios esforços individuais e com os seus meios, ainda que não tenham quantia muito grande. [...] CM 75 4 A todos foram confiados talentos -- A todos, tanto aos importantes como humildes, ricos e pobres, tem o Mestre conferido talentos; a alguns mais, a outros menos, segundo sua variada capacidade. A bênção de Deus repousará sobre os obreiros sinceros, amáveis e diligentes. Seu investimento terá êxito, e ganhará muitos para o reino de Deus, e eles mesmos um tesouro imortal. São todos agentes morais e lhes são confiados os bens do Céu. O valor dos talentos concedidos será de acordo com a capacidade de cada um. CM 75 5 Deus dá a todo homem a sua obra, e espera retribuição correspondente, segundo seu variado depósito. Não exige do homem a quem deu apenas um talento, juros de dez talentos. Não espera que o pobre dê esmolas como o rico. Não espera do fraco e sofredor, a atividade e força que um homem sadio tem. Um único talento, usado da melhor maneira, será aceito por Deus "conforme o que o homem tem, e não segundo o que ele não tem". CM 76 1 Deus nos chama de servos, o que indica sermos por Ele empregados para fazer certo trabalho, e assumir responsabilidades. Tem-nos emprestado capital para que o empreguemos. Não é nossa propriedade, e desagradamos a Deus se o acumulamos, ou se gastamos como nos apraz os bens de nosso Senhor. Somos responsáveis pelo uso ou abuso daquilo que Deus assim nos tem emprestado. Se esse capital que o Senhor colocou em nossas mãos ficar parado, ou se o enterrarmos no solo, ainda que seja apenas um talento, seremos chamados às contas pelo Mestre. Ele exige, não o que é nosso, mas o que é Seu, com os juros. CM 76 2 Cada talento devolvido ao Mestre será minuciosamente pesquisado. A conduta dos filhos de Deus e a confiança neles depositada não serão consideradas uma questão sem importância. Lidar-se-á pessoalmente com cada pessoa e dela se exigirá que dê contas dos talentos que lhe foram confiados, quer os tenha desenvolvido quer deles tenha feito mau uso. A recompensa dada será na proporção dos talentos aperfeiçoados. O castigo será infligido de acordo com o mau uso que deles se fez. -- The Review and Herald, 23 de Fevereiro de 1886. CM 76 3 Os talentos confiados devem ser usados -- Ninguém se deveria queixar de não ter maiores talentos. Quando usarem para a glória de Deus os talentos que ele lhes tem confiado, prosperarão. Não é tempo agora, de lamentar nossa situação na vida, e desculpar nossa negligência de desenvolver nossa capacidade porque não temos a capacidade e posição de outros, dizendo: Oh, se eu tivesse o seu dom e a sua capacidade, poderia investir grande capital pelo meu Mestre! Se tais pessoas usarem sabiamente e bem o único talento que têm, isso é tudo o que o Senhor deles exige. [...] CM 76 4 Confio em que, em cada igreja, se envidem esforços para despertar os que nada estão fazendo. Que Deus faça essas pessoas reconhecerem que delas exigirá o único talento com os juros; e que, se negligenciarem granjear outros talentos além daquele, sofrerão a perda desse talento e da própria salvação também. Esperamos ver uma transformação em nossas igrejas. O Chefe de família está Se preparando para voltar e pedir contas a Seus servos dos talentos que lhes confiou. Deus Se apiade então dos que nada fazem! Os que ouvirem as palavras de aprovação: "Bem está, servo bom e fiel", terão feito bem no aperfeiçoamento de sua capacidade e meios, para a glória de Deus. -- The Review and Herald, 14 de Março de 1878. CM 76 5 Talentos não desenvolvidos -- Alguns estão prontos a dar segundo o que têm, e acham que Deus não tem mais a exigir deles, porquanto não possuem muitos recursos. Não têm rendas que possam poupar das necessidades da família. Muitos desses, porém, poder-se-iam perguntar: Estou eu dando segundo poderia ter possuído? O desígnio de Deus era que suas faculdades físicas e mentais fossem empregadas. Alguns não têm aproveitado da melhor maneira as aptidões que Deus lhes concedeu. O homem foi contemplado com o labor. Este foi ligado à maldição, pois que o pecado o tornou necessário. O bem-estar físico, mental e moral do homem torna necessária uma vida de útil labor. "Não sejais vagarosos no cuidado", é a recomendação do inspirado apóstolo Paulo. CM 77 1 Pessoa alguma, seja rica, seja pobre, pode glorificar a Deus por uma vida de indolência. Todo o capital possuído pelos pobres, é o tempo e as forças físicas; e muitas vezes isto é gasto no amor da comodidade e em descuidosa indolência, de modo que nada têm para levar a seu Senhor em dízimos e ofertas. Se a homens cristãos falta sabedoria para trabalhar da maneira mais proveitosa, e fazer judicioso emprego de suas faculdades físicas e mentais, deveriam ter humildade e mansidão de espírito para receber conselhos de seus irmãos, de modo que o melhor discernimento deles lhes possa suprir as deficiências. Muitos pobres agora satisfeitos com não fazer coisa alguma em benefício de seus semelhantes e para o progresso da causa de Deus, muito poderiam fazer, caso o quisessem. São tão responsáveis diante de Deus por seu capital de forças físicas, como é o rico pelo capital em dinheiro. -- Testemunhos Seletos 1:379, 380. CM 77 2 Responsabilizados pela força física -- Vi que os que não têm propriedade mas possuem força física, são perante Deus responsáveis por ela. Devem ser diligentes no trabalho e de espírito fervoroso; não devem deixar que os que têm posses façam todo o sacrifício. Vi que eles podem sacrificar, e que é seu dever fazê-lo, da mesma maneira que os que possuem propriedades. Muitas vezes, porém, os que não possuem bens não compreendem que se podem negar a si mesmos de muitas maneiras, podem gastar menos consigo mesmos e satisfazer menos seus gostos e apetites, e encontrar muito em que poupar para a causa, ajuntando assim tesouros no Céu. -- Testemunhos Seletos 1:31. CM 77 3 Devem os que têm força física usá-la no serviço de Deus. Devem trabalhar com as mãos, e ganhar recursos para empregar na causa de Deus. Os que podem obter trabalho, devem trabalhar fielmente, e aproveitar as oportunidades que se lhes apresentarem para ajudar os que não conseguem obter trabalho. -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1894. CM 77 4 Não encorajar a indolência -- Ensina-nos a Palavra de Deus que se um homem não quer trabalhar, também não deve comer. O Senhor não exige que o homem que trabalha arduamente sustente os que não são diligentes. Há um desperdício de tempo, uma falta de esforço, que leva à pobreza e necessidade. Caso essas faltas não sejam vistas e corrigidas pelos que com elas condescendem, tudo o que se poderia fazer em seu favor seria como pôr um tesouro num cesto furado. Mas há uma pobreza inevitável; e devemos manifestar ternura e compaixão para com os desafortunados. -- The Review and Herald, 3 de Janeiro de 1899. ------------------------Capítulo 26 -- Roubando a Deus o justo serviço CM 78 1 Homens há, nas fileiras dos observadores do sábado, que se estão agarrando firmemente aos seus tesouros terrestres. Estes são o seu deus, seu ídolo; e eles amam seu dinheiro, fazendas, gado, e sua mercadoria mais do que a seu Salvador, que por amor de vós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêsseis. Exaltam seus tesouros terrenos, considerando-os de maior valor que a salvação dos homens. Dir-se-á a tais pessoas: "Bem está"? Não; nunca. A irrevogável sentença, "Apartai-vos", ferir-lhes-á os assustados sentidos. Cristo não Se pode deles servir. Têm sido servos indolentes, acumulando os meios que Deus lhes deu, enquanto seus semelhantes perecem na escuridão e no erro. CM 78 2 Nessa questão, meu coração sente até as profundezas. Dormirão os homens de posses até que seja tarde demais? até que Deus rejeite a eles e aos seus tesouros, dizendo: "Eia pois agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós." Que revelação se fará no dia de Deus, quando os tesouros acumulados e os salários diminuídos por fraude clamarem contra seus possuidores, que professavam ser bons cristãos e se jactavam de estar guardando a lei de Deus, quando amavam mais o ganho que o que fora comprado pelo sangue de Cristo, a salvação das pessoas. CM 78 3 Agora é o tempo de todos trabalharem. [...] Que muitos responderão no dia de Deus, quando Ele perguntar: Que fizestes por Mim, que dei Minhas riquezas, Meu sangue, Minha honra, Meu mandamento e Minha vida para vos salvar da ruína? Os que nada fazem emudecerão nesse dia. Verão o pecado de sua negligência. Privaram a Deus do serviço de toda uma vida. A ninguém influenciaram para o bem. Não levaram uma pessoa a Jesus. Sentiam-se contentes em nada fazer pelo Mestre; e não têm nenhuma recompensa senão a perdição eterna. Perecem com os ímpios, embora professassem seguir a Cristo. -- The Review and Herald, 14 de Março de 1878. CM 78 4 O grande pecado de cristãos professos -- Todo homem, seja qual for seu negócio ou profissão, deve tornar a causa de Deus seu primeiro interesse; não somente deve empregar seus talentos para o avanço da obra do Senhor, mas também, para esse fim, cultivar suas aptidões. Muito homem dedica meses e anos à aquisição de um ofício ou profissão para que se possa tornar trabalhador de êxito no mundo; e, no entanto, nenhum esforço especial faz no sentido de cultivar os talentos que o tornariam obreiro de êxito na vinha do Senhor. Perverteu suas faculdades, malbaratou os talentos. Mostrou desrespeito para com o Mestre celestial. Esse é o grande pecado do professo povo de Deus. Servem a si mesmos e servem ao mundo. Podem ter o nome de financistas sagazes e de êxito; mas negligenciam aumentar, pelo uso, os talentos que Deus lhes deu para o Seu serviço. O tato mundano está se desenvolvendo pelo exercício; o espiritual se está enfraquecendo devido à inatividade. -- The Review and Herald, 1 de Janeiro de 1884. CM 79 1 O pecado da negligência -- Se aqueles cujos talentos se estão enferrujando pela inércia buscassem o auxílio do Espírito Santo, e fossem trabalhar, ver-se-ia muito mais realizado. Urgentes apelos de auxílio despertariam os corações; e a resposta seria: "Faremos o que pudermos, na nossa fraqueza e ignorância, buscando o auxílio do grande Mestre para obter sabedoria." Será que em meio a todas essas portas abertas para serem úteis, a esses patéticos pedidos de auxílio, homens e mulheres ainda se assentarão de braços cruzados ou empregarão apenas esses braços no trabalho egoísta para a obtenção das coisas terrenas? CM 79 2 "Vós sois a luz do mundo", disse Jesus aos discípulos. Quão poucos, porém, estão cônscios de seu próprio poder e influência; quão poucos reconhecem o que poderiam fazer para ajudar aos outros e ser-lhes uma bênção. Envolvem seu talento num lenço e o sepultam na terra, e se jactam de possuir a mais recomendável humildade. Mas os livros do Céu testificam contra esses indolentes como sendo servos ociosos e ímpios que estão pecando gravemente contra Deus, ao negligenciarem o trabalho que Ele lhes deu. Não terão desculpas para dar, quando os registros celestes se abrirem, revelando-lhes a evidente negligência. CM 79 3 Seja qual for o talento que nos tenha sido confiado, de nós se exige que o usemos no serviço de Deus, e não a serviço de Mamom. [...] CM 79 4 Os que estão escondendo seus talentos na Terra, lançam fora sua oportunidade de obter uma coroa adornada de estrelas. Até que se faça a grande revelação do juízo final, nunca se saberá quantos homens e mulheres têm feito tal coisa, nem quantas vidas se extinguiram nas trevas porque os talentos dados por Deus têm sido enterrados nos negócios, em vez de serem usados no serviço do Doador. [...] CM 79 5 Homens [...] podem interessar-se em minas que proporcionem grandes lucros em prata e ouro. Podem dedicar a vida inteira à aquisição de tesouros terrestres, mas morrem e deixam tudo para trás. Não podem levar um dólar consigo, para os enriquecer no grande além. São sábios esses homens? Não serão loucos em deixarem passar as preciosas horas da graça sem fazer o devido preparo para a vida futura? Os sábios guardarão "um tesouro nos Céus que nunca acabe" -- "um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". Se quisermos alcançar riquezas permanentes, comecemos agora a transferir nosso tesouro para o outro lado, e nosso coração estará onde o nosso tesouro estiver. -- The Review and Herald, 7 de Outubro de 1884. ------------------------Capítulo 27 -- Enfrentando o dia do juízo CM 81 1 Deus a ninguém compele a amá-Lo e obedecer à Sua lei. Manifestou inexprimível amor ao homem no plano da redenção. Derramou os tesouros da Sua sabedoria e deu o mais precioso dom do Céu, para que fôssemos constrangidos a amá-Lo e a nos pôr em harmonia com Sua vontade. Se rejeitarmos tal amor, e não quisermos que governe sobre nós, estaremos forjando nossa própria ruína, e sofreremos perda eterna, afinal. CM 81 2 Deus deseja o serviço voluntário de nosso coração. Ele nos dotou da faculdade do raciocínio, dos talentos de capacidade, e de meios e influência para que sejam usados para o bem da humanidade, a fim de que possamos manifestar ao mundo o Seu espírito. Preciosas oportunidades e privilégios são colocados ao nosso alcance, e, se os negligenciarmos, roubamos aos outros, defraudamos a nós mesmos e desonramos ao nosso Criador. No dia do juízo, não desejaremos enfrentar essas oportunidades desprezadas, esses privilégios negligenciados. Nosso interesse eterno para o futuro depende do diligente desempenho presente do dever em desenvolver os talentos que Deus nos tem confiado, para a salvação de pessoas. [...] CM 81 3 A posição e a influência, por mais elevadas que sejam, nunca se devem tornar uma desculpa para a apropriação indébita dos bens do Senhor. Devem os favores especiais de Deus estimular-nos a Lhe prestar serviço dedicado e cordial; mas muitos dos que assim são abençoados se esquecem do Doador, e se tornam indiferentes, provocantes e dissolutos. Desonram ao Deus do Céu, e exercem uma influência que é uma maldição para aqueles com quem se associam e que os destrói. Não procuram amenizar os sofrimentos do necessitado. Não edificam a obra de Deus. Não se esforçam por reparar os males causados aos inocentes, pleitear a causa das viúvas e dos órfãos, ou revelar uma norma elevada de caráter diante de grandes e pequenos, mostrando um espírito de beneficência e virtude; mas, pelo contrário, oprimem o assalariado; diminuem fraudulosamente a justa recompensa do trabalho, enganam os inocentes, roubam as viúvas e amontoam tesouros corroídos pelo sangue dos sofredores. Terão de prestar contas ante o tribunal divino. Essa classe não está fazendo a vontade do Pai que está no Céu, e ouvirá a dura sentença: "Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade". -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1888. CM 82 1 Revelações estarrecedoras -- Que revelações se farão no dia do juízo! Verificar-se-á que muitos dos que se dizem cristãos não têm sido servos de Deus mas servos de si mesmos. Seu centro tem sido o eu; servir a si mesmos tem sido a função de sua vida. Vivendo para agradar a si mesmos e ganhar para si tudo o que podem, têm deformado e amesquinhado as capacidades e forças que por Deus lhes foram confiadas. Não têm tratado honestamente com Deus. Sua vida tem sido um longo sistema de roubo. Queixam-se eles agora de Deus e dos semelhantes, porque não são reconhecidos e favorecidos como pensam que deveriam ser. Mas a sua infidelidade se revelará naquele dia em que o Senhor julgar o caso de todos. Ele voltará, e "então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não serve". CM 82 2 Naquele dia, os que pensam que Deus aceitará magras ofertas e serviço contra a vontade serão desapontados. Deus não subscreverá a obra de qualquer homem, grande ou pequeno, rico ou pobre, que não seja feita de coração, com fidelidade e visando à Sua glória. Mas os que pertencem à família de Deus, aqui embaixo, que se têm esforçado por Lhe honrar o nome, têm alcançado uma experiência que os tornará reis e sacerdotes para Deus; e serão aceitos como servos fiéis. Ser-lhes-ão pronunciadas as palavras: "Bem está, bom e fiel servo [...] entra no gozo do teu Senhor". -- The Review and Herald, 5 de Janeiro de 1897. CM 82 3 Realizar, não apenas professar -- Quando todos os casos forem passados em revista diante de Deus, jamais se perguntará: O que professavam? mas: O que fizeram? Foram praticantes da Palavra? Viveram para si? ou se exercitaram nas obras de beneficência, nos atos de bondade, no amor, preferindo os outros a si mesmos, e a si mesmos negando para serem uma bênção para os outros? CM 82 4 Se o registro revelar que essa tem sido sua vida, que o caráter deles tem-se assinalado pela ternura, abnegação e benevolência, receberão a bendita certeza e bênção de Cristo: "Bem está", "Vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." CM 82 5 Cristo tem sido ofendido e ferido pelo nosso acentuado amor egoísta e indiferença para com os ais e necessidades alheios. -- The Review and Herald, 13 de Julho de 1886. CM 82 6 Promessa ao mordomo fiel -- Significa muito semear sobre todas as águas. Significa uma comunicação contínua de dons e ofertas. Deus proporcionará recursos de maneira que o fiel mordomo de seus meios seja suprido com suficiência em todas as coisas, e seja capacitado para abundar em toda boa obra. "Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça". 2 Coríntios 9:9, 10. A semente semeada pródiga e liberalmente, o Senhor a toma a Seu cargo. Aquele que dá a semente ao semeador, dá ao Seu obreiro aquilo que o capacita para cooperar com o Doador da semente. -- Testemunhos Seletos 3:350. ------------------------Capítulo 28 -- A riqueza é um talento confiado CM 83 1 Não devem os seguidores de Cristo desprezar a riqueza; devem considerá-la como talento confiado pelo Senhor. Pelo uso sábio de Seus dons, podem eles ser eternamente beneficiados, mas devemos ter sempre em mente o fato de que Deus não nos deu riquezas para usá-las justamente como imaginamos, para satisfazer o impulso, para as conferirmos ou retermos de acordo com a nossa vontade. Não devemos usar as riquezas de maneira egoísta, empregando-as simplesmente para nossa própria satisfação. Tal atitude não seria correta nem para com Deus nem para com nossos semelhantes, trazendo apenas, por fim, perplexidade e dificuldades. [...] CM 83 2 O mundo favorece os ricos e os considera de maior valor que os pobres honestos; mas os ricos desenvolvem seu caráter pela maneira em que usam os dons que lhes foram confiados. Estão revelando se será ou não seguro confiar-lhes riquezas eternas. Tanto os pobres como os ricos estão decidindo o seu próprio destino eterno e provando se são súditos aptos para a herança dos santos na luz. Os que fazem de sua riqueza uso egoísta neste mundo revelam atributos de caráter que mostram o que fariam se tivessem maiores vantagens e possuíssem os tesouros imperecíveis do reino de Deus. Os princípios egoístas exercidos na Terra não são os princípios que prevalecerão no Céu. Todos os homens estão em pé de igualdade no Céu. [...] CM 83 3 Por que é que as riquezas são chamadas riquezas da injustiça? -- E porque Satanás usa os tesouros mundanos para armar laços, enganar e iludir pessoas, para conseguir a sua ruína. Deus tem dado instruções quanto à maneira em que devem usar Seus bens aliviando as necessidades da humanidade sofredora, fazendo avançar Sua causa, edificando Seu reino neste mundo, enviando missionários para as regiões distantes, disseminando o conhecimento de Cristo em todas as partes do mundo. Se os meios confiados por Deus não são assim aplicados, não julgará certamente Deus por essas coisas? Pessoas são deixadas a perecer em seus pecados, enquanto membros da igreja que pretendem ser cristãos estão usando o sagrado depósito de meios de Deus na satisfação de apetites não santificados, condescendendo com o eu. CM 84 1 Como os recursos são malbaratados -- Que grande quantidade do capital confiado por Deus é gasta na compra de fumo, cerveja e bebidas alcoólicas! Deus proíbe todas essas condescendências porque elas destroem a estrutura humana. Devido a sua condescendência a saúde é sacrificada, e a própria vida é oferecida no altar de Satanás. O apetite pervertido faz com que o cérebro enfraqueça, de modo que os homens não possam pensar com argúcia e clareza, nem idear planos que levem ao êxito nas coisas temporais; e muito menos poderão pôr um intelecto culto em suas transações religiosas. São incapazes de distinguir as coisas sagradas e eternas das que são comuns e temporais. CM 84 2 Satanás tem inventado muitas maneiras de malbaratar os meios que Deus tem dado. O jogo de cartas, as apostas, o jogo de azar, as corridas de cavalo e as representações teatrais, são todos de sua invenção, e ele tem induzido os homens a levarem avante esses divertimentos com tanto zelo como se estivessem adquirindo para si mesmos a preciosa dádiva da vida eterna. Despendem os homens somas imensas em busca desses prazeres proibidos; e o resultado é que, as faculdades que Deus lhes deu, que foram compradas pelo precioso sangue do Filho de Deus, são degradadas e corrompidas. As faculdades físicas, morais e mentais que por Deus são dadas aos homens, e que pertencem a Cristo, são zelosamente usadas em servir a Satanás, e para desviar os homens da justiça e da santidade. CM 84 3 Inventa-se tudo o que possa desviar a mente do que é nobre e puro, e quase se atinge a linha divisória em que os habitantes da Terra serão tão corruptos como os habitantes do mundo antes do dilúvio. [...] CM 84 4 Como nos dias de Noé -- Se olharmos ao quadro dos dias antediluvianos, e então volvermos a atenção para os hábitos e práticas da sociedade hodierna, verificaremos que a Terra está rapidamente ficando madura para as pragas dos últimos dias. Os homens têm corrompido a Terra com o seu pecaminoso procedimento. Satanás está fazendo o jogo da vida com os seres humanos. Verificarão os praticantes das palavras de Cristo que terão de vigiar e orar continuamente para não serem levados a cair em tentação. CM 84 5 Muitos parecem não apreciar o fato de que o dinheiro que desnecessariamente gastam em divertimentos que somente perturbam a mente e lançam o fundamento para a corrupção de seus costumes, é dinheiro que pertence ao Senhor. Os que usam o dinheiro para satisfazer o eu estão alegrando e glorificando ao inimigo de toda justiça. Se voltassem o coração para Deus, usariam seu dinheiro para abençoar e elevar aos seus semelhantes, para aliviar a pobreza e o sofrimento. Há em nosso mundo fome, nudez, doença e morte; contudo quão poucos reduzem as suas pecaminosas extravagâncias! Satanás está ideando tudo o que possa inventar para conservar o homem completamente ocupado, a fim de que não tenha tempo para considerar a pergunta: "Como vai minha vida espiritual?" CM 85 1 Interesse de Cristo pela família humana -- O dono de todos os nossos tesouros terrestres veio ao nosso mundo na forma humana. O Verbo Se fez carne e habitou entre nós. Não podemos avaliar que profundo interesse Ele tem pela família humana. Ele conhece o valor de cada pessoa. Que tristeza O oprimia ao ver a herança que Ele comprou encantada com as invenções de Satanás! CM 85 2 A única satisfação de Satanás ao fazer o jogo da vida com os seres humanos é a satisfação que tem em ferir o coração de Cristo. Embora fosse rico, Cristo por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. Contudo, mesmo diante desse grande fato, permite a maioria do mundo que as posses terrenas eclipsem as atrações celestiais. Põem suas afeições nas coisas terrestres, e se desviam de Deus. Que grave pecado é os homens não caírem em si e compreenderem quão insensato é permitir que o apego desordenado às coisas terrenas expulse do coração o amor de Deus. Quando o amor de Deus é expulso, imediatamente penetra o amor do mundo, para preencher o vácuo. Só o Senhor pode purificar o templo da alma da corrupção moral. CM 85 3 Jesus deu Sua vida pela vida do mundo, e dá ao homem valor infinito. Deseja que o homem dê valor a si mesmo, e considere seu bem-estar futuro. Se nosso olho for bom, todo o corpo será luminoso. Se a visão espiritual for clara, as realidades invisíveis serão consideradas no seu valor real, e a contemplação do mundo eterno acrescentará alegria a este mundo. CM 85 4 Na medida em que for mordomo fiel dos bens de seu Senhor, o cristão transbordará de júbilo. Cristo almeja salvar todo filho e filha de Adão. Eleva a voz em advertência, a fim de quebrar o encanto que tem conservado a pessoa presa no cativeiro do pecado. Roga aos homens que deixem sua enfatuação. Ele lhes põe o mundo mais nobre diante dos olhos, e diz: "Não ajunteis para vós tesouros na Terra." CM 85 5 Sutis tentações -- Cristo vê o perigo; conhece as sutis tentações e o poder do inimigo; pois experimentou as tentações de Satanás. Deu Sua vida para proporcionar um período de graça para os filhos e filhas de Adão. Tendo diante de si o resultado da desobediência e transgressão de Adão, e com maior luz brilhando sobre eles, são convidados a ir a Ele e achar descanso. Mas quanto maior for a luz e mais claro o sinal de perigo, tanto maior será a condenação dos que se voltam da luz para as trevas. A importância das palavras de Cristo é séria demais para que elas sejam desrespeitadas. CM 85 6 Os homens parecem movidos por um desejo insano de buscar posses terrenas. Toda sorte de desonestidade é praticada para acumular riquezas. Dedicam-se os homens a suas transações comerciais com intenso zelo, como se o êxito nesse ramo fosse garantia de alcançar o Céu. Empregam o capital confiado pelo Senhor em bens terrenos, e não há meios para fazer o reino de Deus avançar no mundo aliviando o sofrimento físico e mental de seus habitantes. Muitos dos que professam ser cristãos deixam de atender às ordens de Cristo, quando diz: "Ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." CM 86 1 O Senhor não compele os homens a agirem com justiça, e a amarem a misericórdia, e a andarem humildemente com o seu Deus; Ele põe diante do agente humano o bem e o mal, e torna bem claro qual será o resultado certo de seguirem um rumo ou o outro. Cristo nos convida, dizendo: "Segue-Me." Mas nunca somos forçados a andar nas Suas pisadas. Se nas Suas pisadas andarmos, será em resultado de uma escolha deliberada. Ao vermos a vida e o caráter de Cristo, desperta-se um forte desejo de sermos como Ele no caráter; e prosseguimos em conhecer ao Senhor e saber que as Suas saídas são preparadas como a manhã. Então começamos a reconhecer que "a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". -- The Review and Herald, 31 de Março de 1896. CM 86 2 Adquirir riqueza não é pecado -- A Bíblia não condena o rico porque é rico; não declara que a aquisição de riqueza é pecado, tampouco diz que o dinheiro é a raiz de todos os males. Pelo contrário, declaram as Escrituras que é Deus quem dá poder para adquirir riqueza. E essa capacidade é um precioso talento, uma vez que seja consagrada a Deus e empregada no avanço de Sua causa. A Bíblia não condena o gênio ou a arte, pois eles procedem da sabedoria que Deus dá. Não podemos tornar o coração mais puro ou mais santo cobrindo o corpo de cilício, ou privando o lar de tudo o que proporcione conforto, gosto ou conveniência. CM 86 3 Ensinam as Escrituras que a riqueza só é uma posse perigosa quando posta em competição com os tesouros imortais. É quando o que é terreno e temporal absorve os pensamentos, as afeições, a devoção que Deus requer, que se torna uma cilada. Os que estão trocando o peso eterno de glória por um pouco do brilho e dos ouropéis da Terra, as eternas habitações por um lar que na melhor das hipóteses poderá ser seu apenas por alguns anos, fazem insensata escolha. Essa foi a troca feita por Esaú, quando vendeu seu direito de primogenitura por um prato de guisado; por Balaão, quando trocou o direito ao favor de Deus pelas recompensas do rei de Midiã; por Judas, quando traiu o Senhor da glória por trinta moedas de prata. CM 86 4 É o amor do dinheiro que a Palavra de Deus denuncia como sendo a raiz de todos os males. O dinheiro, em si, é o dom de Deus aos homens, para ser usado com fidelidade em Seu serviço. Deus abençoou a Abraão, e o tornou rico em gado, prata e ouro. E a Bíblia declara, como evidência do favor divino, que Deus deu a Davi, Salomão, Josafá e Ezequias, muita riqueza e honras. CM 87 1 Como os outros dons de Deus, a posse de riqueza traz o seu quinhão de responsabilidade, e suas peculiares tentações. Quantos que, na adversidade, permaneceram fiéis a Deus, têm caído ante as cintilantes seduções da prosperidade. Na posse de riquezas, revela-se a paixão dominante de uma natureza egoísta. O mundo é hoje amaldiçoado pela ávida avareza e pelos vícios de condescendência própria dos adoradores de Mamom. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. CM 87 2 Há necessidade de talentos financeiros -- Os que pertencem às classes mais elevadas da sociedade devem ser procurados em todas as partes com terna atenção e com fraternal consideração. Essa classe tem sido muitíssimo negligenciada. É a vontade do Senhor que os homens a quem Ele confiou muitos talentos ouçam a verdade de maneira diferente daquela em que a ouviram no passado. Os homens de negócio, que estão em posição de confiança, homens de grande capacidade inventiva, e profundo conhecimento científico, homens talentosos, devem ser dos primeiros a ouvir o chamado do evangelho. CM 87 3 Há homens do mundo que têm o poder de organização dado por Deus, que são necessários para levar avante a obra para estes últimos dias. Nem todos são pregadores, mas há necessidade de homens que possam assumir a administração de instituições em que se faça trabalho industrial, homens que possam atuar, nas nossas associações, como líderes e educadores. Deus necessita de homens que possam olhar para a frente e ver o que precisa ser feito, homens que permaneçam tão firmes como as rochas aos princípios, tanto na crise atual como em perigos futuros que possam surgir. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1900. ------------------------Capítulo 29 -- Métodos de adquirir riquezas CM 88 1 Mesmo entre os adventistas do sétimo dia, há aqueles que estão sob a reprovação da Palavra de Deus, devido à maneira em que adquiriram sua propriedade e a usam, agindo como se fossem seus donos e a houvessem criado, sem olhar à glória de Deus, e sem uma oração fervorosa para dirigi-los em sua aquisição ou uso. Estão pegando numa serpente, que os picará como uma víbora. CM 88 2 Do povo de Deus, diz Ele: "E será consagrado ao Senhor o seu comércio e a sua ganância de prostituta; não se entesourará, nem se fechará." Mas muitos que professam crer na verdade, não querem ter mais a Deus em seus pensamentos do que o quiseram os antediluvianos ou sodomitas. Um sensato pensamento de Deus, despertado pelo Espírito Santo, estragaria todos os seus planos. O eu, o eu, o eu, tem sido o seu deus, seu alfa e seu ômega. CM 88 3 Os cristãos só estão seguros ao adquirir dinheiro sob a orientação de Deus, e usá-lo em canais que Deus possa abençoar. Deus nos permite usar Seus bens somente para Sua glória, para nos abençoar, a fim de que possamos abençoar aos outros. Os que têm adotado a máxima do mundo, e banido do espírito as especificações de Deus, que pegam tudo que podem obter de salários ou bens, são pobres, verdadeiramente pobres, porque sobre eles recai o desagrado de Deus. Andam em caminhos que eles mesmos escolheram e desonram a Deus, a verdade, Sua bondade, a Sua misericórdia e Seu caráter. CM 88 4 Agora no tempo de graça, estamos todos sob provas e tribulações. Satanás está operando com seus enganadores encantamentos e subornos, e alguns pensarão que devido a seus planos têm feito maravilhosa especulação. Mas eis que, ao pensarem que se estavam levantando com segurança, e se estarem conduzindo altivamente no egoísmo, descobriram que Deus pode espalhar mais depressa do que eles podem ajuntar. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 335, 336. CM 88 5 Integridade nos negócios -- Assim como nós lidamos com os nossos semelhantes em pequenas desonestidades, ou em fraude mais ousada, também lidaremos com Deus. Os homens que persistem na senda da desonestidade, manterão seus princípios até enganarem a si mesmos e perderem o Céu e a vida eterna. Sacrificarão a honra e a religião em troca de pequena vantagem mundana. Mesmo em nossas fileiras, há homens assim, e eles terão de experimentar o que é nascer de novo, ou não poderão ver o reino de Deus. A honestidade deve caracterizar cada ato de nossa vida. Os anjos celestiais examinam a obra que nos é posta nas mãos; e onde houve afastamento dos princípios da verdade, nos registros se escreve "em falta". CM 89 1 Diz Jesus: "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam." Tesouros são as coisas que dominam a mente e absorvem a atenção, excluindo a Deus e a verdade. CM 89 2 O amor do dinheiro, que impele à aquisição de tesouro terreno, era a paixão dominante na época dos judeus. Considerações elevadas e eternas eram subordinadas às da obtenção de riqueza terrena e influência. O mundanismo usurpou o lugar de Deus na religião e na vida. Uma avarenta avidez de riquezas exercia uma influência tão fascinante e enfeitiçante sobre a pessoa, que acabou pervertendo a nobreza, e corrompendo o sentimento humano do homem, a ponto de mergulharem na perdição. Nosso Salvador deu decidida advertência contra acumular os tesouros da Terra. CM 89 3 Todos os ramos de negócios, todos os modos de emprego, estão sob as vistas de Deus; e a todo cristão se tem dado a capacidade de fazer algo na causa do Mestre. Quer estejam empenhados em trabalho no campo, no comércio, ou no escritório, serão os homens considerados responsáveis diante de Deus pelo emprego sábio e honesto de seus talentos. São justamente tão responsáveis diante de Deus por seu trabalho como o ministro que labuta na Palavra e na doutrina o é pelo dele. Se um homem adquire propriedade de um modo que não seja aprovado pela Palavra de Deus, obtêm-na com sacrifício dos princípios da honestidade. O desejo desordenado de ganho levará até mesmo professos seguidores de Cristo a imitarem os costumes do mundo. Serão influenciados a desonrar a sua religião, por usarem de astúcia nos negócios, oprimirem as viúvas e os órfãos, e privarem o estrangeiro de seus direitos. -- The Review and Herald, 18 de Setembro de 1888. CM 89 4 Inteligência e pureza em cada transação -- A grande característica da vida do Redentor na Terra era santidade ao Senhor, e é Seu desejo que isso identifique a vida de Seus seguidores. Devem Seus obreiros trabalhar com abnegação e fidelidade, relativamente à utilidade e influência de qualquer outro obreiro. A inteligência e a pureza lhes devem assinalar todo o trabalho e todas as transações comerciais. Ele é a luz do mundo. Em Seu trabalho não deve haver recantos escuros em que se realizem atos desonestos. A injustiça é em alto grau, desagradável a Deus. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1902. CM 90 1 Resistir à tentação -- Deus é muito preciso quanto a que todos o que professam servi-Lo manifestem a superioridade de retos princípios. O verdadeiro seguidor de Cristo considerará toda transação comercial como parte de sua religião, justamente assim como a oração lhe é uma parte da religião. [...] CM 90 2 Satanás está oferecendo a cada pessoa os reinos deste mundo, em troca da execução de sua vontade. Foi essa a grande sedução que ele apresentou a Cristo no deserto da tentação. E assim diz ele a muitos dos seguidores de Cristo: Se seguirdes meus métodos de negócio, eu vos recompensarei com riquezas. Todo cristão é em alguma ocasião, levado à prova que revelará seus pontos fracos de caráter. Se resiste à tentação, preciosas vitórias são ganhas. Deve ele escolher entre servir a Cristo ou tornar-se adepto do enganador, e seu adorador. -- The Signs of the Times, 24 de Fevereiro de 1909. CM 90 3 O registro no livro do Céu -- Os costumes do mundo não são norma para o cristão. Ele não deve imitar suas práticas sutis, suas astúcias, suas extorsões. Todo ato injusto para com o próximo é uma violação da regra áurea. Cada erro praticado em relação aos filhos de Deus, é feito ao próprio Cristo na pessoa de Seus santos. Toda tentativa de tirar vantagem da ignorância, fraqueza ou infortúnio de outrem, é registrada como fraude no livro-razão do Céu. Aquele que sinceramente teme a Deus, preferiria antes labutar dia e noite e comer o pão da pobreza, a condescender com a paixão do ganho que oprima a viúva e o órfão, ou prive o estrangeiro do seu direito. CM 90 4 O mais leve afastamento da retidão derriba as barreiras, e prepara o coração para injustiça maior. É precisamente quando um homem chega ao ponto de tirar vantagem para si da desvantagem de outrem, que seu coração se tornará insensível à influência do Espírito de Deus. O ganho obtido a tal preço é uma terrível perda. -- Profetas e Reis, 652. CM 90 5 Sacrifício de princípios -- Freqüentemente vemos homens que estão em elevada posição de confiança, como seguidores de Cristo, mas naufragaram na fé. Vem-lhes uma tentação e eles sacrificam princípios e suas vantagens religiosas para conseguirem cobiçado tesouro terreno. A isca de Satanás é pegada. Cristo venceu, tornando, assim, possível ao homem vencer também; mas os homens se colocam sob a liderança do deus deste mundo, e abandonam a bandeira de Jesus Cristo indo para as fileiras do inimigo. Todas as suas forças são dedicadas ao ganho, e adoram outros deuses, em vez de ao Senhor. CM 90 6 O homem do mundo não se contenta com a presente suficiência, ou mesmo com a abundância. Está sempre projetando possuir maiores reservas, e volve cada pensamento, todas as faculdades, nessa direção. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. CM 91 1 Trato avaro e egoísta -- Apelo aos meus irmãos na fé, e com eles insisto, para que cultivem a ternura de coração. Seja qual for a vossa vocação ou posição, se acariciardes o egoísmo e a cobiça, sobre vós recairá o desagrado do Senhor. Não façais da obra e da causa de Deus uma desculpa para tratar de maneira avara e egoísta com qualquer pessoa, mesmo que estejais fazendo um negócio que se relacione com Sua obra. Deus não aceita coisa alguma no sentido de ganho que seja levado para o Seu tesouro por meio de transações egoístas. Todo ato relacionado com Sua obra deve passar pelo exame divino. Toda transação desonesta, toda tentativa de tirar vantagem de um homem que está sendo premido pelas circunstâncias, todo plano para lhe comprar a terra ou a propriedade por uma importância abaixo do valor, não será aceita por Deus, muito embora o dinheiro ganho seja doado a Sua causa. O preço do sangue do Filho unigênito de Deus foi pago por todo homem, e para seguir os princípios da lei de Deus, é preciso lidar honestamente, tratar com eqüidade com cada homem. [...] CM 91 2 Caso um irmão, que trabalhou abnegadamente pela causa de Deus, enfraqueça fisicamente e se torne incapaz de realizar seu trabalho, não seja ele demitido e obrigado a se haver da melhor maneira possível. Dai-lhe salário suficiente para a sua manutenção; pois vos deveis lembrar de que ele pertence à família de Deus, e de que todos vós sois irmãos. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1894. ------------------------Capítulo 30 -- Perigo na prosperidade CM 92 1 Através dos séculos, tem-se servido à riqueza e à honra, com muito perigo para a humildade e a espiritualidade. É quando o homem prospera, quando todos os seus semelhantes falam bem dele, que ele corre especial perigo. O homem é humano. A prosperidade espiritual continua apenas enquanto o homem confia inteiramente em Deus quanto a obter sabedoria e perfeição de caráter. E os que mais sentem a sua necessidade de pôr em Deus a sua confiança são, geralmente, os que têm a mínima soma de tesouros terrenos e honras humanas em que confiar. CM 92 2 O elogio do homem -- Há perigo na concessão de ricas dádivas ou de palavras de elogio aos agentes humanos. Os que são agraciados pelo Senhor precisam estar constantemente em guarda para que o orgulho não brote e obtenha a supremacia. Aquele que tem uma popularidade fora do comum, que tem recebido muitas palavras de elogio dos mensageiros do Senhor, necessita de orações especiais dos fiéis vigias de Deus, a fim de que seja protegido do perigo de nutrir pensamentos de estima própria e orgulho espiritual. CM 92 3 Nunca deve tal homem manifestar altivez, ou tentar agir como ditador ou governador. Vigie e ore, visando simplesmente à glória de Deus. Ao se apegar sua imaginação às coisas invisíveis e ele contemplar o gozo de uma esperança posta diante de si -- a saber, o precioso dom da vida eterna -- o louvor do homem não lhe encherá a mente de pensamentos de orgulho. E, às vezes, quando o inimigo faz esforços especiais para o arruinar pela lisonja e honras mundanas, devem seus irmãos adverti-lo fielmente dos perigos; pois se entregue a si mesmo, será propenso a cometer muitos erros, e revelará as fraquezas humanas. [...] CM 92 4 No vale da humilhação -- Não é a taça vazia que nos é difícil carregar; é a taça cheia até à borda que deve ser cuidadosamente equilibrada. A aflição e a adversidade podem causar muitos inconvenientes e podem trazer grande crise; mas a prosperidade é que é perigosa para a vida espiritual. A menos que o súdito humano esteja em constante submissão à vontade de Deus, a não ser que seja santificado pela verdade, e tenha a fé que opera por amor e purifica a alma, a prosperidade certamente despertará a inclinação natural para a presunção. CM 93 1 Nossas orações precisam ser feitas principalmente em favor dos homens que ocupam posição elevada. Necessitam das orações de toda a igreja porque lhes são confiadas prosperidade e influência. CM 93 2 No vale da humilhação, onde os homens dependem de que Deus os ensine e lhes guie cada passo, há comparativa segurança. Cada um, porém, dos que estão em viva ligação com Deus, ore pelos homens que estão em posição de responsabilidade -- pelos que estão em elevado pináculo, e que, devido a sua exaltada posição, supõe-se que tenham muita sabedoria. A não ser que tais homens sintam sua necessidade de um Braço mais forte que o braço de carne em que se apoiar, a menos que em Deus ponham a sua confiança, sua visão das coisas ficará desfigurada, e eles cairão. -- The Review and Herald, 14 de Dezembro de 1905. CM 93 3 Perversão de uma faculdade original -- O desejo de acumular riquezas é um sentimento inato de nossa natureza, nela implantado pelo nosso Pai celestial, para fins nobres. Se perguntásseis ao capitalista que tem dirigido todas as suas energias num único sentido, o de alcançar riquezas, e que é perseverante e ativo quanto a aumentar suas propriedades, com que propósito assim trabalha, ele não vos poderia dar uma razão para isso, um propósito definido para o qual está ganhando tesouros terrenos e acumulando riquezas. Não pode definir nenhum grande alvo ou propósito que tenha em vista, ou qualquer nova fonte de felicidade que espere atingir. Continua acumulando porque dirigiu toda a sua capacidade e todas as suas faculdades nessa direção. CM 93 4 Há no homem mundano um ardente desejo de alguma coisa que ele não tem. Por força do hábito, dirige ele cada pensamento, cada propósito, no sentido de fazer provisão para o futuro, e, conforme vai ficando mais velho, torna-se cada vez mais ávido de conseguir tudo o que se possa ganhar. É natural que o cobiçoso se torne cada vez mais cobiçoso ao se aproximar do tempo em que perde o domínio sobre todas as coisas terrenas. CM 93 5 Toda essa energia, essa perseverança, essa determinação, toda essa atividade em busca do poder terreno, é o resultado da perversão de suas faculdades para um fim errado. Cada faculdade poderia pelo exercício ter sido cultivada ao mais elevado grau possível, para a vida celeste, imortal, e para o mais excelente e eterno peso de glória. Os costumes e práticas do homem mundano em sua perseverança e suas energias, e de se prevalecer de toda oportunidade para aumentar seus depósitos, deve ser uma lição àqueles que se dizem filhos de Deus e buscam glória, honra e imortalidade. Os filhos do mundo são mais sábios, em sua geração, que os filhos da luz, e nisso se vê sua sabedoria. Seu alvo é o ganho terreno, e nesse sentido dirigem todas as suas energias. Oxalá esse zelo caracterizasse o que peleja pelas riquezas eternas! -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. CM 94 1 O obstáculo das riquezas -- Muito poucas pessoas reconhecem a força de seu amor ao dinheiro, até que lhes sobrevenha a prova. Muitos dos que professam ser seguidores de Cristo, mostram, então, não estarem preparados para o Céu. Suas obras revelam que amam mais à riqueza que aos vizinhos ou a seu Deus. Como o jovem rico, indagam qual seja o caminho da vida; mas quando este lhes é apresentado e avaliado o custo, e vêem que se exige o sacrifício das riquezas terrenas, concluem que o Céu é caro demais. Quanto maiores os tesouros acumulados na Terra, tanto mais difícil será a seu possuidor reconhecer que eles não lhe pertencem, mas lhe foram emprestados a fim de serem usados para a glória de Deus. CM 94 2 Jesus aproveita, aqui, a oportunidade de dar aos discípulos uma lição impressiva: "Disse então Jesus aos Seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos Céus." "É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que entrar um rico no reino de Deus." CM 94 3 Pobres ricos e ricos pobres -- Aqui se vê o poder da riqueza. A influência do amor ao dinheiro sobre o espírito humano é quase paralisador. As riquezas transtornam e levam muitos dos que as possuem a agirem como se tivessem perdido a razão. Quanto mais possuem bens deste mundo, tanto mais desejam. Seu medo de passarem necessidade aumenta com a riqueza que possuem. Têm a tendência de acumular bens para o futuro. São avaros e egoístas, temendo que Deus não lhes proveja o necessário. Essa classe é realmente pobre para com Deus. Ao se acumularem suas riquezas, nelas puseram a sua confiança e perderam a fé em Deus e nas Suas promessas. CM 94 4 Pelo uso judicioso do pouco que tem em abençoar aos outros com seus meios, o homem pobre, fiel e confiante, torna-se rico para com Deus. Sente que seu próximo tem necessidades que ele não pode desatender e ainda obedecer à ordem de Deus: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Considera a salvação de seus semelhantes de maior importância que todo o ouro e prata que o mundo contém. CM 94 5 Cristo mostra a maneira em que os que possuem riquezas, e ainda não são ricos para com Deus, poderão alcançar as verdadeiras riquezas. Diz: "Vendei tudo o que tendes, e dai esmolas"; e ajuntai um tesouro no Céu. O remédio que Ele propõe é a transferência das afeições para a herança eterna. Empregando seus recursos na causa de Deus, para ajudar na obra da salvação e aliviando os necessitados, tornam-se ricos em boas obras, e estão entesourando "para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". Isso se demonstrará um bom investimento. CM 94 6 Muitos, porém, mostram pelas suas obras que não ousam confiar no banco do Céu. Preferem depositar seus recursos na Terra, a enviá-los, antes deles, para o Céu. Têm eles um grande trabalho a fazer para vencer a cobiça e o amor do mundo. Ricos pobres, que professam servir a Deus, são alvo de compaixão. Embora professem conhecer a Deus, pelas suas obras O negam. Quão grandes são as trevas de tais pessoas! Professam crer na verdade, mas suas obras não correspondem à profissão que fazem. O amor às riquezas torna os homens egoístas, exigentes e altivos. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1880. CM 95 1 Uma questão de seguir a Jesus -- Jesus dele [do rico e jovem príncipe] exigiu apenas que fosse onde Ele mostrasse o caminho. Torna-se a trilha espinhosa do dever mais fácil de seguir quando andamos nas divinas pisadas que Ele deixou à nossa frente, quebrando os espinhos. Cristo teria aceito esse talentoso e nobre príncipe, se este houvesse cedido a Suas condições, com a mesma prontidão com que Ele aceitou ao pobre pecador a quem convidara que O seguisse. CM 95 2 A capacidade do jovem de adquirir propriedade não conspirava contra ele, contanto que amasse ao próximo como a si mesmo, e a ninguém tivesse prejudicado na aquisição de suas riquezas. Houvesse essa mesma capacidade sido empregada no serviço de Deus, em procurar salvar pessoas da ruína, e teria sido aceitável ao Divino Mestre, e se poderia ele ter tornado obreiro diligente e de êxito para Cristo. Mas recusou o elevado privilégio de cooperar com Cristo na obra da salvação; afastou-se do glorioso tesouro que lhe foi prometido no reino de Deus, e se apegou aos tesouros transitórios da Terra. [...] CM 95 3 Representa o jovem príncipe uma grande classe de pessoas que seriam excelentes cristãos se para elas não houvesse uma cruz a erguer, um fardo humilhante a carregar, nenhumas vantagens terrenas a renunciar, e nenhum sacrifício de propriedade ou sentimentos a fazer. Cristo lhes confiou um capital de talentos e recursos, e espera obter juros correspondentes. O que possuímos não é nosso, e deve ser empregado em servir Àquele de quem recebemos tudo o que temos. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1878. CM 95 4 A fé: incomum entre os ricos -- Rara é entre os ricos uma fé coerente. A fé genuína, apoiada pelas obras, é incomum. Mas todos os que possuem essa fé serão homens a quem não faltará influência. Imitarão a Cristo naquela desinteressada beneficência e interesse na obra de salvar. Devem os seguidores de Cristo dar às pessoas o valor que Ele lhes deu. Devem simpatizar com a obra de Seu querido Redentor, e trabalhar para salvar o que Ele comprou com o Seu sangue, custe o sacrifício que custar. Que é o dinheiro, que são casas e terras comparados com uma única alma? -- The Review and Herald, 23 de Fevereiro de 1886. CM 95 5 Riquezas não são resgate para transgressor -- Toda a riqueza, até mesmo a do mais abastado, não basta para ocultar de Deus o menor dos pecados. Nem as riquezas, nem o intelecto serão aceitos como resgate do transgressor. Só o arrependimento, a verdadeira humildade, um coração quebrantado, e um espírito contrito serão aceitáveis a Deus. CM 96 1 Muitos há, em nossas igrejas, que devem trazer grandes ofertas e não se devem contentar com apresentar uma ninharia Àquele que por eles tanto fez. Bênçãos incomensuráveis estão caindo sobre eles, mas quão pouco devolvem ao Doador! Enviem agora, os que verdadeiramente são peregrinos e estrangeiros na Terra, seus tesouros, na sua frente, para a Pátria celestial, em dádivas, muito necessárias, ao tesouro do Senhor. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. CM 96 2 O maior perigo -- Foi-me mostrado que não há falta de recursos entre os adventistas observadores do sábado. Seu maior perigo, atualmente, é o acúmulo de propriedades. Alguns, constantemente, estão amontoando seus cuidados e labores; estão sobrecarregados. E o resultado é que Deus e as necessidades de Sua causa quase são por eles esquecidos; estão espiritualmente mortos. Dele se requer que façam um sacrifício a Deus, uma oferta. O sacrifício não aumenta, mas diminui e consome. [...] Muitos dos meios, entre nosso povo, estão se demonstrando somente um mal para aqueles que a eles se apegam. -- Testimonies for the Church 1:492. ------------------------Capítulo 31 -- Ciladas de Satanás CM 97 1 Ao se aproximar o povo de Deus dos perigos dos últimos dias, faz Satanás ardorosa consulta com seus anjos quanto ao plano de maior êxito no sentido de lhes transtornar a fé. Vê que as igrejas populares já estão sendo embaladas para dormir, pelo seu poder enganador. Por meio de agradáveis sofismas e mentirosas maravilhas, pode ele continuar a conservá-los sob o seu domínio. Dirige portanto seus anjos para que lancem suas ciladas especialmente para os que aguardam o segundo advento de Cristo e se estão esforçando por observar todos os mandamentos de Deus. CM 97 2 Diz o grande enganador: "Devemos vigiar aqueles que estão chamando a atenção do povo para o sábado de Jeová; eles levarão muitos a ver as exigências da lei de Deus; e a mesma luz que revela o verdadeiro sábado, revela também o ministério de Cristo no santuário celestial, e revela que a última obra para a salvação do homem está agora indo avante. Conservai nas trevas a mente do povo até que esta obra termine, e teremos conseguido o mundo e a igreja também. [...] CM 97 3 "Ide, fazei com que os donos de terras e de dinheiro se embriaguem com os cuidados desta vida. Apresentai o mundo diante deles em sua mais atraente luz, que acumulem o seu tesouro aqui, e fixem sua atenção sobre as coisas terrenas. Devemos fazer o máximo para evitar que os que trabalham na causa de Deus obtenham meios para usar contra nós. Conservai o dinheiro em nossas próprias fileiras. Quanto mais dinheiro obtiverem, tanto mais prejudicarão nosso reino tirando de nós os nossos súditos. Fazei com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda a pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus". -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 473, 474. CM 97 4 Pior do que as perdas terrenas -- Satanás é o arquienganador. Os resultados, para nós, de aceitar suas tentações são piores que qualquer perda terrena que possa ocorrer, até mesmo piores que a própria morte. Os que alcançam êxito ao terrível preço da submissão à vontade e aos planos de Satanás, descobrirão que fizeram dura barganha. Tudo, no negócio de Satanás, se consegue a alto preço. As vantagens que apresenta são uma miragem. As grandes esperanças que oferece são alcançadas com perda das coisas boas, santas e puras. Confunda-se sempre Satanás com as palavras: "Está escrito." "Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos: feliz serás, e te irá bem." [...] CM 98 1 O caminho traçado para os remidos do Senhor está muito além de todos os esquemas e práticas mundanos. Os que por ele andam, devem revelar por suas obras a pureza de seus princípios. -- The Signs of the Times, 24 de Fevereiro de 1909. CM 98 2 Experiência religiosa mesquinha -- São os ricos tentados a empregar seus recursos na condescendência consigo mesmos, na satisfação do apetite, no adorno pessoal, ou no embelezamento do lar. Para esse fim, não hesitam professos cristãos em gastar livremente e até de maneira extravagante. Mas quando solicitados a dar ao tesouro do Senhor, a edificar-Lhe a causa, e a levar avante Sua obra na Terra, muitos vacilam. O semblante que estava iluminado de interesse em planos para a satisfação própria, não se enche de alegria quando a causa de Deus lhe apela para a liberalidade. Talvez, sentindo que não podem agir bem de outra maneira, doam limitada quantia, muito menor do que a que eles prodigamente despendem em desnecessária condescendência. Não manifestam, porém, verdadeiro amor a Cristo, nenhum fervoroso interesse na salvação de seres preciosos. Não admira que a vida cristã dessa classe nada mais seja que uma existência ressequida e doentia! A não ser que tais pessoas mudem de atitude, sua luz se extinguirá nas trevas. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. ------------------------Capítulo 32 -- Riqueza mal-empregada CM 99 1 A riqueza acumulada não é simplesmente inútil: é uma maldição. Nesta vida, é uma cilada para a espiritualidade, desviando as afeições do tesouro celestial. No grande dia de Deus, seu testemunho quanto aos talentos não usados e às oportunidades negligenciadas condenará seu possuidor. CM 99 2 Muitos há que, em seu coração, acusam a Deus de ser duro patrão, porque Ele reclama suas posses e seu serviço. Mas nada podemos levar a Deus que já não seja dEle. "Todas as coisas vêm de Ti", disse o rei Davi, "e das Tuas mãos To damos." Todas as coisas são de Deus, não somente pela criação, mas também pela redenção. Todas as bênçãos desta vida e da vida vindoura nos são concedidas, seladas com a cruz do Calvário. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1902. CM 99 3 Transformados pelo amor -- A verdade, inculcada no coração pelo Espírito de Deus, expulsará o amor das riquezas. O amor de Jesus e o amor ao dinheiro não podem habitar no mesmo coração. De tal maneira o amor de Deus ultrapassa o amor ao dinheiro que seu possuidor se desvencilha das riquezas e para Deus transfere as afeições. Pelo amor é então levado a atender às necessidades dos necessitados e a ajudar à causa de Deus. É para ele o maior prazer dispor corretamente dos bens de seu Senhor. Não considera seu tudo o que tem, e fielmente desempenha seu dever como despenseiro de Deus. Então pode guardar os dois grandes mandamentos da lei: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." CM 99 4 Dessa maneira é possível aos ricos entrar no reino de Deus. "E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do Meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna." Eis a recompensa dos que se sacrificam por Deus. Receberão cem vezes tanto nesta vida, e herdarão a vida eterna. -- The Review and Herald, 16 de Setembro de 1884. CM 99 5 Se os mordomos de Deus cumprirem seu dever, não haverá perigo de que as riquezas aumentem tão depressa que se demonstrem uma cilada, pois serão usadas com prática sabedoria e liberalidade cristã. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. CM 100 1 Deve a prosperidade ser apreciada, mas não acumulada -- Aquele que busca as riquezas eternas deve esforçar-se por alcançar os tesouros celestes com maior fervor e perseverança, e com intensidade proporcional ao valor do objeto em cuja perseguição está. O homem mundano trabalha pelas coisas terrenas, temporais. Está ajuntando seu tesouro na Terra, fazendo justamente o que Jesus lhe disse que não fizesse. CM 100 2 O cristão sincero aprecia a advertência dada por Jesus, e é praticante de Sua Palavra, ajuntando, assim, seu tesouro no Céu, justamente como o Redentor do mundo lhe dissera que devia fazer. Vislumbra uma eternidade de bênção, que merece uma vida de perseverante e incansável esforço. Não dirige mal os seus esforços. Dedica seu afeto às coisas de cima, onde Cristo está assentado à mão direita de Deus. Transformado pela graça, sua vida está escondida com Cristo em Deus. CM 100 3 De maneira alguma perdeu ele o poder de acumular; mas emprega suas ativas energias na busca de aquisições espirituais; então todos os talentos que lhe foram confiados serão considerados como dons de Deus a serem empregados para a Sua glória. A propriedade será por ele apreciada, mas não acumulada, estimada apenas enquanto possa ser usada para levar avante a verdade, para trabalhar como Cristo trabalhou quando esteve na Terra, para abençoar a humanidade. Para esse fim é que usará suas faculdades, não para agradar ou glorificar o eu, mas para fortalecer cada dom confiado a fim de que possa prestar o mais elevado serviço a Deus. Dele se pode dizer: "Não [...] vagarosos no cuidado; [...] fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." CM 100 4 Deus não condena a prudência e a previsão no uso das coisas desta vida, mas o cuidado febril, a ansiedade indébita, com relação às coisas do mundo não estão de acordo com a Sua vontade. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. ------------------------Capítulo 33 -- Compadecer-se dos pobres CM 101 1 Em vista do que o Céu está fazendo para salvar os perdidos, como podem os que participam das riquezas da graça de Cristo desviar seu interesse e compaixão de seus semelhantes? Como podem condescender com o orgulho de posição e desprezar os desventurados e os pobres? CM 101 2 Contudo, ainda é muito verdade que o orgulho de posição, e a opressão dos pobres que prevalecem no mundo, também existem entre os professos seguidores de Cristo. Para muitos, a compaixão que deveria ser exercida em grande medida para com a humanidade, parece estar congelada. Os homens apossam-se dos dons que lhes foram confiados para serem uma bênção para os outros. Os ricos fazem encovar-se a face dos pobres, e usam os meios assim obtidos para satisfazer seu orgulho e amor à ostentação, mesmo na casa de Deus. Aos pobres se faz sentir ser para eles uma coisa demasiadamente dispendiosa assistir ao culto de Deus. Muitos têm a idéia de que somente os ricos se podem empenhar em culto público a Deus, de um modo que possa dar boa impressão ao mundo. Não fosse o fato de haver o Senhor revelado Seu amor para com os pobres e humildes, que são contritos de coração, e este mundo seria um triste lugar para o homem pobre. [...] CM 101 3 O Redentor do mundo era filho de pais pobres, e quando, na infância, foi apresentado no templo, Sua mãe só podia levar a oferta designada para os pobres -- um casal de rolas ou dois pombinhos. Foi Ele a maior dádiva do Céu ao nosso mundo, dádiva acima de toda avaliação, no entanto só pôde ser acusada com a menor das ofertas. Durante Sua peregrinação na Terra, participou nosso Salvador da sorte dos pobres e dos humildes. A abnegação e o sacrifício caracterizavam-Lhe a vida. CM 101 4 Todos os favores e bênçãos que desfrutamos, advêm somente dEle; somos despenseiros da Sua graça e de Seus dons temporais; o menor talento e o mais humilde serviço podem ser oferecidos a Jesus como dádiva consagrada, e com a fragrância de Seus próprios méritos apresentá-los-á Ele ao Pai. Se o melhor que temos for apresentado a Deus com coração sincero e em amor, com o ardente desejo de servir a Jesus, o dom será inteiramente aceitável. Cada um poderá ajuntar um tesouro nos Céus. Podem todos seguir: "Enriqueçam em boas obras, repartam de boamente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:18, 19. CM 102 1 Ligados por Laços de Simpatia -- É o propósito de Deus que ricos e pobres sejam intimamente ligados pelos laços da simpatia e da prestatividade. Ele tem um plano para nós, individualmente. A todos os que O servirem designou Ele um trabalho. Ordena que nos interessemos em cada caso de sofrimento ou necessidade que nos venha ao conhecimento. CM 102 2 Nosso Senhor Jesus Cristo era rico, mas por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. Ordena Ele a todos aqueles a quem confiou bênçãos temporais que Lhe sigam o exemplo. Jesus diz: "Sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes." A necessidade e a miséria no mundo constantemente apelam para a nossa compaixão e simpatia, e o Salvador declara que servir aos doentes e sofredores é o serviço que mais Lhe agrada. "Não é", diz Ele, "que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? e vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?" Devemos atender aos doentes, alimentar os famintos, vestir os nus, e instruir os ignorantes. CM 102 3 Muitos há que se queixam de Deus porque o mundo está tão cheio de necessidade e de sofrimento. Mas o Senhor é um Deus de beneficência, e, pelos Seus representantes, a quem confiou os Seus bens, quer que todas as necessidades de Suas criaturas sejam supridas. Ele fez abundante provisão para as necessidades de todos, e se os homens não abusassem das Suas dádivas, desviando-as egoistamente dos seus semelhantes, ninguém precisaria passar necessidade. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1893. CM 102 4 Para Deus não há casta -- Nunca devemos ser frios e incompassivos, especialmente quando lidamos com os pobres. A todos se deve mostrar cortesia, simpatia e compaixão. A parcialidade para com os ricos desagrada a Deus. Jesus é desprezado quando Seus filhos necessitados são desprezados. Não são ricos dos bens deste mundo, mas são queridos ao Seu coração de amor. Deus não reconhece nenhuma distinção de classe. Para Ele não há casta. Aos Seus olhos, os homens são simplesmente homens, bons ou maus. No dia do juízo final, a posição, a classe, ou a riqueza não alterarão por um fio de cabelo, sequer, o caso de ninguém. Pelo Deus que tudo vê, serão os homens julgados segundo o que são na pureza, nobreza e amor a Cristo. [...] CM 102 5 Declara Cristo que o evangelho deve ser pregado aos pobres. Jamais assume a verdade de Deus aspecto de maior beleza do que quando é levada aos necessitados e pobres. É então que a luz do evangelho brilha com sua mais radiante clareza, iluminando a choça do camponês e a rude cabana do trabalhador. Os anjos de Deus ali estão, e sua presença faz de um simples pedaço de pão e copo d'água um banquete. Os que têm sido negligenciados e abandonados pelo mundo são elevados à posição de filhos e filhas do Altíssimo. Erguidos acima de qualquer posição que a Terra possa dar, assentam-se nos lugares celestiais, em Cristo Jesus. Pode ser que não tenham tesouro terreno, mas acharam a pérola de grande preço. -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1910. CM 103 1 As necessidades das viúvas e dos órfãos -- Não é sábio dar indiscriminadamente a todo aquele que solicite nosso auxílio; porque podemos assim encorajar a ociosidade, a intemperança e a extravagância. Mas se alguém chegar à vossa porta dizendo que está com fome, não o despeçais vazio. Dai-lhe algo a comer, do que tendes. Não sabeis em que circunstâncias está, e pode ser que sua pobreza resulte de infortúnio. CM 103 2 Mas entre aqueles cujas necessidades reclamam nosso interesse, são as viúvas e os órfãos que mais apelam para a nossa terna simpatia e cuidado. "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." CM 103 3 O pai que morreu na fé, confiando na promessa eterna de Deus, deixou os queridos na plena certeza de que o Senhor cuidaria deles. E como provê o Senhor, para esses desolados? Não opera um milagre, enviando maná do Céu, não manda corvos levar-lhes alimento, mas opera um milagre no coração humano, expulsando do coração o egoísmo, descerra as fontes da benevolência. Ele prova o amor de Seus professos seguidores confiando à terna misericórdia deles os sofredores e desolados, os pobres e os órfãos. São estes, em sentido especial, os pequeninos de quem Cristo cuida, a quem é, para Ele, uma ofensa negligenciar. Os que os negligenciam estão negligenciando a Cristo, na pessoa de Seus sofredores. CM 103 4 Todo ato de bondade a eles feito em nome e Jesus, é por Ele aceito como sendo feito a Ele mesmo, pois identifica Seus interesses com os da humanidade sofredora e confia a Sua igreja a grandiosa tarefa de servir a Jesus ajudando e abençoando os necessitados e os sofredores. Sobre todos os que, com coração voluntário, a eles ministrarem, repousarão as bênçãos do Senhor. CM 103 5 Enquanto a morte não for tragada na vitória, haverá órfãos a serem cuidados, e que sofrerão em mais de uma maneira se os membros da igreja não exercerem, em seu favor, terna compaixão e amorável bondade. O Senhor nos ordena: Que "recolhas em casa os pobres desterrados". Deve o cristianismo prover pais e mães para essas pessoas sem lar. A compaixão pelas viúvas e órfãos demonstrada em orações e atos subirá em memória diante de Deus, para ser finalmente recompensada. [...] CM 103 6 Misericórdia, a evidência de nossa união com Deus -- Deus nos concede Suas bênçãos para que possamos dar aos outros. E, em todo o tempo em que nos submetermos como condutos pelos quais seu amor possa fluir, conservá-los-á Ele supridos. Quando pedis a Deus o pão de cada dia, Ele vos esquadrinha o coração, para ver se o partilhareis também com os outros, mais necessitados do que vós. Quando orais: "Tem misericórdia de mim, pecador", Ele observa, para ver se tereis compaixão daqueles com quem vos associais. É essa a evidência de nossa ligação com Deus -- sermos misericordiosos, como nosso Pai que está nos Céus. Se somos dEle, faremos, com coração alegre, justamente o que Ele nos ordena fazer, por mais inconveniente, por mais contrário que seja aos nossos sentimentos. [...] CM 104 1 É fazendo as obras de Cristo, atendendo como Ele aos sofredores e aflitos, que nós devemos aperfeiçoar o caráter cristão. É para o nosso bem que Deus nos convida a praticar a abnegação por amor de Cristo, a levar a cruz, a trabalhar e nos sacrificarmos procurando salvar o que está perdido. Este é o processo que o Senhor usa para purificar, escoimando o material inferior, para que os preciosos traços de caráter de Jesus Cristo apareçam no crente. Toda a escória deve ser arrojada da mente, pela santificação da verdade. [...] CM 104 2 Pela graça de Cristo, nossos esforços para abençoar os outros, não são apenas o meio de nosso crescimento na graça, mas também aumentam nossa felicidade futura e eterna. Aos que têm sido coobreiros de Cristo, dir-se-á: "Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor". -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. CM 104 3 Não deve ser sustentado na ociosidade -- O costume de sustentar homens e mulheres ociosos por meio de dádivas particulares ou dinheiro da igreja encoraja-os a manter hábitos maus. Tal atitude deve ser conscienciosamente evitada. Todo homem, mulher e criança devem ser educados a fazer trabalho prático e útil. Devem todos aprender algum ofício. Pode ser a fabricação de tendas, pode ser qualquer outra ocupação, mas todos devem estar preparados para usar suas faculdades para algum fim. E Deus está pronto a aumentar as capacidades de todos os que se educarem em hábitos de diligência. Não devemos ser "vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito; servindo ao senhor". Deus abençoará a todos os que forem cuidadosos quanto a sua influência nesse sentido. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1900. CM 104 4 Desviando meios do tesouro da missão -- Em muitos casos, os meios que deviam ser dedicados ao trabalho missionário são desviados para outros canais, com idéias errôneas de beneficência. Podemos errar ao dar aos pobres esmolas que não são uma bênção para eles, que os levam a julgar que não precisam esforçar-se por fazer economia, pois outros não lhes permitirão sofrer. Não devemos apoiar a indolência, ou encorajar hábitos de satisfação própria, provendo meios para a condescendência consigo mesmos. Muito embora os pobres dignos não devam ser negligenciados, tanto quanto possível, devem todos eles ser ensinados a ajudar a si mesmos. CM 105 1 A essência de nosso trabalho é a salvação de pessoas. Foi por isso que Cristo fez o grande sacrifício, e é isso especialmente que exige beneficência de nossa parte. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 293. CM 105 2 Abnegação -- sacrifício próprio -- Na necessidade e no infortúnio, os filhos de Deus clamam por Ele. Muitos estão perecendo por falta das coisas necessárias à vida. Seus clamores penetram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Estritas contas pedirá Ele dos que têm negligenciado os Seus necessitados. Que farão esses ricos egoístas quando o Senhor lhes perguntar: "Que fizestes com o dinheiro que vos dei para usar para Mim?" "Irão estes para o tormento eterno." O Senhor lhes dirá: "Apartai-vos de Mim, malditos, porque tive fome, e não Me destes de comer, tive sede, e não Me destes de beber; sendo estrangeiro, não Me recolhestes; estando nu não Me vestistes; ou enfermo, e na prisão, não Me visitastes." CM 105 3 Por todo o nosso redor se ouve o ruidoso pranto de um mundo cheio de tristezas. O pecado lança suas sombras sobre nós. Preparemo-nos para cooperar com o Senhor. Os prazeres e o poder deste mundo passarão. Ninguém poderá levar os tesouros terrenos para o mundo eterno. Mas a vida gasta em fazer a vontade de Deus permanecerá para sempre. O resultado do que é dado para fazer a obra de Deus avançar, ver-se-á no reino de Deus. -- The Review and Herald, 31 de Janeiro de 1907. ------------------------Capítulo 34 -- É recomendada a liberalidade CM 106 1 O apóstolo Paulo, em seu ministério entre as igrejas, foi incansável em seus esforços para inspirar no coração dos novos conversos o desejo de fazer grandes coisas pela causa de Deus. Muitas vezes ele os exortava à liberalidade. Falando aos anciãos de Éfeso sobre suas anteriores atividades entre eles, disse: "Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". Atos dos Apóstolos 20:35. CM 106 2 "E digo isto", escreveu ele aos coríntios, "que o que semeia pouco, pouco também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria". 2 Coríntios 9:6, 7. CM 106 3 Quase todos os crentes da Macedônia, eram pobres em bens deste mundo, mas seu coração estava transbordando com o amor a Deus e Sua verdade, e alegremente deram para o sustento do evangelho. Quando as coletas gerais foram tiradas entre as igrejas gentílicas para socorro aos crentes judeus, a liberalidade dos conversos da Macedônia foi exaltada como um exemplo para as outras igrejas. Escrevendo aos crentes coríntios, o apóstolo chamou-lhes a atenção para "a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder [...] e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos". 2 Coríntios 8:1-4. CM 106 4 A voluntariedade em sacrificar da parte dos crentes macedônios era conseqüência de sua inteira consagração. Movidos pelo Espírito de Deus, "se deram primeiramente ao Senhor" (2 Coríntios 8:5), daí estarem dispostos a dar voluntariamente de seus meios para o sustento do evangelho. Não era necessário constrangê-los para que dessem; antes se rejubilavam pelo privilégio de negarem a si mesmos até coisas necessárias a fim de suprir as necessidades de outros. Quando o apóstolo quis restringi-los, insistiram com ele para que aceitasse suas ofertas. Em sua simplicidade e integridade, e em seu amor pelos irmãos, renunciaram alegremente, e assim abundaram no fruto da beneficência. CM 107 1 Quando Paulo enviou Tito a Corinto para fortalecer os crentes ali, instruiu-o a desenvolver a igreja na graça de dar; e em carta pessoal aos crentes ele acrescentou também seu próprio apelo. "Assim como em tudo abundais em fé", apelou ele, "e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em a vossa caridade para conosco, assim também abundeis nesta graça." "Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes. Porque, se há prontidão de vontade, será aceita segundo o que qualquer tem, e não segundo o que não tem." "E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; [...] para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência a qual faz que por nós se dêem graças a Deus". 2 Coríntios 8:7, 11, 12; 9:8-11. CM 107 2 Abnegada liberalidade levou a primeira igreja a uma explosão de alegria; pois os crentes sabiam que seus esforços estavam ajudando a levar o evangelho aos que jaziam em trevas. Sua beneficência testificava que não haviam recebido a graça de Deus em vão. Que teria produzido tal liberalidade senão a santificação do Espírito? Aos olhos de crentes e incrédulos foi um milagre da graça. -- Atos dos Apóstolos, 342-344. CM 107 3 Liberalidade recompensada -- "Então ele [Elias] se levantou, e se foi a Sarepta. E, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco d'água que beba. E, indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me agora também um bocado de pão na tua mão." CM 107 4 Nesse lar perseguido pela pobreza, a fome apertava excessivamente; e o alimento lastimosamente escasso parecia estar por acabar-se. À chegada de Elias mesmo no dia em que a viúva temia ter que abandonar a luta pelo sustento, provou ao máximo sua fé no poder do Deus vivo para suprir suas necessidades. Mas mesmo em sua penúria extrema deu ela testemunho de sua fé, atendendo ao pedido do estrangeiro que lhe suplicava repartir com ele o último bocado. CM 107 5 Em resposta ao pedido de Elias por alimento e água, a viúva disse: "Vive o Senhor teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui, apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos." Elias lhe disse: "Não temas; vai, faze conforme à tua palavra. Porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo para fora; depois farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: a farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra." CM 108 1 Nenhuma prova de fé maior que essa poderia ter sido requerida. A viúva tinha até então tratado todos os estrangeiros com bondade e liberalidade. Agora, indiferente aos sofrimentos que poderiam resultar a ela e seu filho, e confiando no Deus de Israel para suprir cada uma de suas necessidades, ela enfrentou esta suprema prova de hospitalidade, fazendo "conforme à palavra de Elias". CM 108 2 Maravilhosa foi a hospitalidade mostrada ao profeta de Deus por esta mulher fenícia, e maravilhosamente foram sua fé e generosidade recompensadas. "E assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme à palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Elias." [...] CM 108 3 A viúva de Sarepta repartiu seu bocado com Elias; e em retribuição, sua vida e a de seu filho foram preservadas. E a todos os que, em tempo de prova e carência, dão simpatia e assistência a outros mais necessitados, Deus prometeu grande bênção. Ele não mudou. Seu poder não é menor agora do que no tempo de Elias. -- Profetas e Reis, 129-132. CM 108 4 As duas moedinhas da viúva -- Jesus estava no pátio onde se achava a arca do tesouro, e observava os que ali iam depositar as ofertas. Muitos dos ricos levavam largas somas, que apresentavam com grande ostentação. Jesus os contemplava tristemente, mas não fez comentário algum acerca de suas liberais ofertas. Num momento, Sua fisionomia iluminou-se ao ver uma pobre viúva aproximar-se hesitante, como receosa de ser observada. Enquanto os ricos e altivos se apressavam para depor suas dádivas, ela se retraía, como se mal ousasse adiantar-se. Todavia, anelava fazer qualquer coisa, por pequenina que fosse, pela causa que amava. Contemplou a dádiva que tinha na mão. Era demasiado pequena em comparação com as ofertas dos que a rodeavam: ali estava, no entanto, tudo quanto possuía. Espreitando o ensejo, deitou apressadamente suas duas moedinhas, e virou-se para se afastar, ligeira. Ao fazê-lo, porém, encontrou o olhar de Jesus, cravado nela. CM 108 5 O Salvador chamou a Si os discípulos, e convidou-os a notar a pobreza da viúva. Então soaram aos ouvidos dela Suas palavras de louvor: "Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva." Lágrimas de alegria lhe encheram os olhos, ao ver que seu ato era compreendido e apreciado. Muitos tê-la-iam aconselhado a guardar seu escasso recurso para o próprio uso; dado às mãos dos bem nutridos sacerdotes, perder-se-ia de vista entre os muitos custosos dons levados ao tesouro. Mas Jesus entendeu-lhe o motivo. Ela cria que o serviço do templo era indicado por Deus, e estava ansiosa por fazer tudo que lhe era possível para sua manutenção. Fez o que pôde e sua ação serviria de monumento a sua memória, através dos tempos, e alegria na eternidade. O coração acompanhou-lhe a dádiva; seu valor foi estimado, não pela importância da moeda, mas pelo amor para com Deus e o interesse para com Sua obra, que a motivaram. CM 109 1 Jesus disse da viúva pobre: Ela "lançou mais do que todos". Os ricos deram de sua abundância, muitos deles para serem vistos e honrados pelos homens. Seus grandes donativos não os privaram de nenhum conforto, nem mesmo do luxo; não tinham exigido nenhum sacrifício que pudesse ser comparado, em valor, com as moedas da viúva. CM 109 2 O motivo vale mais que a importância -- É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista, e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. CM 109 3 A viúva pobre deu sua subsistência para fazer o pouco que fez. Privou-se de alimento para oferecer aquelas duas moedinhas à causa que amava. E fê-lo com fé, sabendo que seu Pai celestial não passaria por alto sua grande necessidade. Foi esse espírito abnegado e essa infantil fé que atraiu o louvor do Senhor. CM 109 4 Existem entre os pobres muitos que anelam manifestar gratidão para com Deus por Sua graça e verdade. Desejam ardentemente tomar parte, com seus irmãos mais prósperos, na manutenção de Seu serviço. Essas pessoas não devem ser repelidas. Permita-se-lhes pôr suas moedas no banco do Céu. Dadas com o coração cheio de amor para com Deus, essas ninharias aparentes tornam-se dádivas consagradas, inapreciáveis ofertas que Deus aprova e abençoa. -- O Desejado de Todas as Nações, 614-616. CM 109 5 A oferta aceitável de Maria -- É o serviço feito de coração que torna a dádiva valiosa. Quando a Majestade do Céu Se tornou um bebê, e foi confiado a Maria, não tinha ela muito que oferecer pelo precioso dom. Levou ao altar apenas duas rolas, oferta designada para os pobres; mas foram um sacrifício aceitável ao Senhor. Não podia apresentar tesouros raros como os sábios do Oriente, que foram a Belém para os depor diante do Filho de Deus; contudo a mãe de Jesus não foi rejeitada devido à insignificância de sua dádiva. Foi a voluntariedade de seu coração que o Senhor tomou em consideração, e seu amor tornou suave a oferta. Assim aceitará Deus a nossa dádiva embora seja ela pequena, se for o melhor que temos, e for oferecida por amor a Ele. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1890. ------------------------Capítulo 35 -- Preciosos à vista de Deus CM 110 1 Entre os professos filhos de Deus, há homens e mulheres que amam o mundo e as coisas que no mundo há, e essas pessoas estão sendo corrompidas pelas influências mundanas. O divino está sendo afastado de sua natureza. Como instrumento da injustiça, estão eles realizando o propósito do inimigo. CM 110 2 Em contraste com essa classe, encontram-se os pobres honestos e operosos, que estão prontos a ajudar os que precisam de auxílio, e dispostos a sofrer injustiça de preferência a manifestar o espírito avaro, ganancioso dos ricos. Esses homens dão mais valor a uma consciência limpa e a princípios retos que ao ouro. Estão prontos a fazer todo o bem que lhes for possível. Se qualquer empreendimento beneficente deles requer dinheiro ou trabalho, são os primeiros a responder, e freqüentemente vão muito além de sua capacidade real, privando-se de algum bem necessário para levar a cabo seu propósito beneficente. CM 110 3 Podem esses homens gabar-se que muito pouco do tesouro terreno possuem; podem ser considerados deficientes no juízo e na sabedoria; sua influência pode não ser considerada de especial valor; mas, à vista de Deus, eles são preciosos. Podem ser julgados de pouca percepção, mas manifestam uma sabedoria que está tão acima da mente calculadora e ávida de ganho como está o divino acima do humano; pois não estão eles ajuntando para si mesmos nos Céus um tesouro incorruptível, puro, e que não esmaece? -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1899. CM 110 4 Como fragrante incenso -- Mostra a experiência que, entre os de recursos limitados, com maior freqüência se encontram o espírito de beneficência do que entre os abastados. Muitos do que avidamente desejam riquezas arruinar-se-iam com a sua posse. Geralmente quando tais pessoas são agraciadas com o talento de meios acumulam ou desperdiçam o dinheiro do Senhor, até que o Mestre lhes diga individualmente: "Não mais serás mordomo." Desonestamente usam o que é dos outros como se fosse deles mesmos. Deus não lhes concederá as riquezas eternas. [...] CM 110 5 A dádiva do homem pobre, fruto da abnegação, para difundir a preciosa luz da verdade é como um fragrante incenso diante de Deus. Todo ato de sacrifício próprio para o bem dos outros fortalecerá o espírito de beneficência no coração do doador, ligando-o cada vez mais ao Redentor do mundo, que é rico mas, por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. CM 111 1 A menor quantia, dada alegremente como resultado da abnegação, tem mais valor à vista de Deus do que as ofertas dos que podem dar milhares sem, contudo, sentirem falta. A viúva pobre que deitou duas moedinhas no tesouro do Senhor, demonstrou amor, fé e bondade. [...] A bênção de Deus sobre aquela sincera oferta tornou-a fonte de grandes resultados. CM 111 2 A moeda da viúva tem sido como que uma pequenina corrente que flui através dos séculos, e que se alarga e aprofunda, em seu curso, contribuindo, em mil direções, para a expansão da verdade e o socorro dos necessitados. A influência dessa pequenina dádiva tem agido e reagido, em todas as épocas e em cada país, sobre milhares de corações. Em resultado, dos pobres liberais e abnegados, inumeráveis dádivas têm fluído para o tesouro do Senhor. E, além disso, seu exemplo tem estimulado milhares de pessoas amantes das comodidades, egoístas e cheias de dúvidas, a praticar boas obras, e as dádivas delas também lhe têm ido aumentar o valor da oferta. -- The Signs of the Times, 15 de Novembro de 1910. CM 111 3 Os doadores são recompensados, embora as dádivas sejam mal-empregadas -- Famílias pobres, que experimentaram a influência santificadora da verdade, e que, portanto, a apreciam e por ela se sentem gratas a Deus, têm pensado poderem e deverem privar-se até mesmo das coisas necessárias à vida, para levarem suas ofertas ao tesouro do Senhor. Alguns se têm privado de peças do vestuário de que realmente precisavam para seu conforto. Outros venderam a única vaca que possuíam, dedicando a Deus os meios assim obtidos. Na sua sinceridade, com muitas lágrimas de gratidão por terem o privilégio de fazer isso pela causa de Deus, têm-se prostrado perante o Senhor com a oferta, e sobre ela invocado Suas bênçãos, ao enviá-la, orando para que seja o meio de levar o conhecimento da verdade às pessoas que estão em trevas. CM 111 4 Nem sempre os recursos assim dedicados têm sido empregados conforme os abnegados doadores haviam determinado. Homens cobiçosos e egoístas, destituídos do espírito de abnegação e de sacrifício próprio, têm manuseado com infidelidade os recursos assim trazidos para a tesouraria, e têm roubado o tesouro de Deus, recebendo meios que não ganharam justamente. Sua administração não consagrada e negligente tem malbaratado e dispersado recursos que haviam sido consagrados a Deus com orações e lágrimas. [...] CM 111 5 Embora os recursos assim consagrados sejam mal-empregados, de modo que não atinjam o alvo que o doador tinha em vista -- a glória de Deus e a salvação de pessoas -- os que se sacrificaram de modo sincero, visando apenas a glória de Deus, não perderão sua recompensa. -- Testimonies for the Church 2:518, 519. CM 112 1 Como são avaliadas nas balanças celestiais -- Nas balanças do santuário, as dádivas dos pobres, impulsionadas pelo amor a Cristo, não são avaliadas segundo a importância doada, mas de acordo com o amor que inspira o sacrifício. As promessas de Jesus serão verificadas pelo pobre liberal, que pouco tem para dar mas oferece esse pouco de boa vontade, tão certamente como o serão pelo rico que dá de sua abundância. O pobre faz de seu pouco um sacrifício, que lhe custa realmente. Renuncia a algumas coisas de que na verdade necessita para o próprio conforto, ao passo que o abastado oferece de sua abundância, e não sente falta, não renuncia a nada de que realmente necessite. Há, portanto, na oferta do pobre, uma santidade que não se encontra na do rico; pois este dá de sua fartura. A providência de Deus delineou todo o plano da doação sistemática para bem do homem. Sua providência não cessa nunca. Caso os servos de Deus a sigam nos caminhos que abre, serão todos obreiros ativos. -- Testemunhos Seletos 1:378, 379; Testimonies for the Church 3:398, 399. ------------------------Capítulo 36 -- Favores recebidos e comunicados CM 113 1 Enquanto estivermos neste mundo, e o Espírito de Deus Se estiver esforçando com o mundo, tanto devemos receber como prestar favores. Devemos dar ao mundo a luz da verdade segundo é apresentada nas Escrituras Sagradas, e do mundo devemos receber aquilo que Deus os move a fazer a favor de Sua causa. O Senhor ainda toca no coração dos reis e governadores em favor de Seu povo, e compete aos que estão tão profundamente interessados na questão da liberdade religiosa não dispensar quaisquer favores ou eximir-se do auxílio que Deus tem movido os homens a dar para o avanço de Sua causa. CM 113 2 Encontramos exemplos na Palavra de Deus quanto a esse mesmo assunto. Ciro, rei da Pérsia, fez uma proclamação por todo o seu reino, e mandou escrever dizendo: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: o Senhor Deus dos Céus me deu todos os reinos da Terra; e Ele me encarregou de Lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o Seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel." Segunda ordem foi dada por Dario para a edificação da casa do Senhor, e está registrada no sexto capítulo de Esdras. CM 113 3 O Senhor Deus de Israel tem colocado os Seus bens nas mãos de incrédulos, mas eles devem ser usados para favorecer a realização das obras que devem ser feitas em prol de um mundo caído. Os instrumentos por meio dos quais vêm essas dádivas, podem abrir avenidas em que a verdade possa prosseguir. Podem não ter simpatia para com a obra, e nenhuma fé em Cristo, nem praticar Suas palavras; mas suas dádivas não devem ser recusadas por esse motivo. [...] CM 113 4 Repetidamente tenho mostrado que poderíamos receber muito mais auxílio do que temos recebido em muitos modos, se nos aproximássemos dos homens com sabedoria, familiarizando-os com a nossa obra, e dando-lhes uma oportunidade de fazer aquilo que é nosso privilégio levá-los a fazer para o avançamento da obra de Deus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 202, 203. CM 113 5 O exemplo de Neemias -- Neemias não se deixou ficar na dependência da incerteza. Os meios que lhe faltavam ele os solicitou dos que lho podiam fornecer. E o Senhor está ainda desejando mover o coração dos que têm a posse dos Seus bens, em favor da causa da verdade. Os que trabalham para Ele, devem servir-se do auxílio que Ele move os homens a dar. Esses dons podem abrir caminhos pelos quais a luz da verdade irá a muitas terras entenebrecidas. Os doadores podem não ter fé em Cristo, nem familiaridade com Sua Palavra; mas os seus dons não estão neste mesmo caso para serem recusados. -- Profetas e Reis, 634. CM 114 1 A obra de Deus deve, agora, avançar rapidamente, e se Seu povo Lhe atender ao apelo, fará Ele com que os que possuem propriedades estejam prontos a dar de seus meios, e, assim, possibilitem a consumação de Sua obra na Terra. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem". Hebreus 11:1. A fé na Palavra de Deus fará com que Seu povo possua propriedades que os capacitarão a trabalhar nas grandes cidades que estão esperando a mensagem da verdade. -- Testimonies for the Church 9:272, 273. CM 114 2 Receber dádivas de fora -- Perguntais a respeito da conveniência de receber dádivas dos gentios ou dos pagãos. A pergunta não é estranha; mas eu vos perguntaria: Quem é que possui nosso mundo? Quem são os verdadeiros donos das casas e terras? Não é Deus? Ele tem em nosso mundo uma abundância que colocou nas mãos dos homens, pela qual os famintos pudessem ser supridos de alimento, o nus de roupa, de casa, os que não têm lar. O Senhor moverá homens do mundo, mesmo idólatras, a dar de sua abundância para o sustento da obra, se deles nos aproximarmos com sabedoria, e lhes dermos oportunidade de fazer as coisas que é seu privilégio realizar. O que nos quiserem dar devemos considerar um privilégio receber. CM 114 3 Devemos familiarizar-nos com homens que estão em elevadas posições, e, exercendo a sabedoria da serpente, e a inocência da pomba, podemos obter deles vantagens, pois Deus quer mover-lhes o espírito para fazer muitas coisas em favor do Seu povo. Se as pessoas devidas expusessem aos que têm meios e influência, as necessidades da obra de Deus no devido aspecto, esses fariam muito para expandir a causa de Deus no mundo. Temos afastado de nós privilégios e vantagens cujo benefício poderíamos ter desfrutado, porque escolhemos permanecer independentes do mundo. Mas não precisamos sacrificar um princípio de verdade enquanto tiramos vantagem de cada oportunidade para fazer a causa de Deus avançar. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 197, 198. ------------------------Capítulo 37 -- Deus está preparando o caminho CM 115 1 Fossem as necessidades da causa do Senhor apresentadas devidamente aos que têm meios e influência, e esses homens muito poderiam fazer para levar avante a causa da verdade presente. O povo de Deus tem perdido muitos privilégios que poderia ter aproveitado, se não houvesse escolhido ficar independente do mundo. CM 115 2 Na providência de Deus, diariamente somos postos em contato com os inconversos. Com Sua própria mão direita, Deus está preparando o caminho adiante de nós, para que Sua obra progrida rapidamente. Como colaboradores Seus, temos uma sagrada obra a fazer. Devemos ter angústia pelos que estão em posição elevada; devemos levar-lhes o gracioso convite para assistir ao banquete de bodas. CM 115 3 Embora agora quase que inteiramente em poder de homens ímpios, todo mundo, com as suas riquezas e tesouros, pertence a Deus. "Do Senhor é a Terra, e a Sua plenitude. [...]" Oh, se os cristãos reconhecessem, cada vez mais, ser-lhes privilégio e dever, enquanto alimentam princípios corretos, aproveitar cada oportunidade dada pelo Céu para fazer o reino de Deus progredir neste mundo! -- Counsels on Stewardship, 14, 15. CM 115 4 Impressionados pelo espírito de dar -- Médicos missionários que trabalham em ramos evangélicos, estão fazendo uma obra de tão alta espécie, como seus coobreiros do ministério. Os esforços desenvolvidos por esses obreiros não se devem limitar às classes mais pobres. As classes mais altas têm sido estranhamente negligenciadas. Nas esferas mais elevadas da sociedade encontram-se muitos que hão de corresponder à verdade, porque ela é coerente, porque apresenta o selo do elevado caráter do evangelho. Não poucos de entre os homens de capacidade assim conquistados para a verdade, hão de entrar com energia para a obra do Senhor. CM 115 5 O Senhor pede aos que se acham em posições de confiança, aqueles a quem Ele tem confiado Seus preciosos dons, que empreguem os talentos de inteligência e de meios em Seu serviço. Nossos obreiros devem apresentar a esses homens uma clara exposição de nosso plano de trabalho, dizendo-lhes o que necessitamos para auxiliar o pobre e o necessitado, e para estabelecer esta obra sobre uma base firme. Alguns desses serão impressionados pelo Espírito Santo para empregar os recursos do Senhor de maneira a fazer progredir Sua causa. Eles cumprirão Seus desígnios ajudando a criar centros de influência nas grandes cidades. -- Obreiros Evangélicos, 361. CM 116 1 Apelo aos ricos -- Há um mundo a ser advertido, e temos sido muito tímidos quanto a pedir aos ricos, quer membros da igreja quer não, que nos auxiliem no trabalho. Quiséramos que todos os cristãos professos ficassem conosco. Gostaríamos que seu coração se extravasasse em liberalidade, ajudando-nos a edificar o reino de Deus em nosso mundo. Devemos pedir a grandes e bons homens que nos ajudem no nosso trabalho de esforço cristão. Deveriam ser convidados a nos apoiar os esforços, ao procurarmos salvar ao que está perdido. -- The Origin and Development of the Thanksgiving Plan, 5, 28 de Fevereiro de 1900. CM 116 2 Deus abrirá o caminho -- Os tempos estão se tornando difíceis e há dificuldades em obter-se dinheiro, mas Deus abrirá o caminho para nós, por meio de fontes fora do nosso próprio povo. Não posso ver como alguém pode recusar o recebimento de dádivas dos que não pertencem a nossa fé. Só podem fazer isso assumindo pontos de vista extremados e criando controvérsias que não estão autorizados a criar. Este é o mundo de Deus, e se Deus pode mover agentes humanos de tal modo que a Terra que estava nas mãos do inimigo possa ser trazida para as nossas mãos, a fim de que a mensagem possa ser proclamada em regiões distantes, bloquearão os homens o caminho com suas noções acanhadas? Uma consciência assim não pode ser considerada sã. O Espírito Santo não leva homens nessa direção. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 210. CM 116 3 Um meio de conversão -- Por que não pedir o auxílio dos gentios? Tenho sido instruída de que há, no mundo, homens e mulheres de coração bondoso e que serão tomados de compaixão ao lhes serem apresentadas as necessidades da humanidade sofredora. [...] CM 116 4 Há homens no mundo que darão de seus recursos para escolas e para hospitais. O assunto me tem sido apresentado nesse aspecto. Nosso trabalho deve ser de ofensiva. O dinheiro é do Senhor, e se nos aproximarmos dos ricos na devida maneira, o Senhor lhes tocará o coração, e os impressionará a dar dos seus recursos. O dinheiro de Deus está nas mãos desses homens, e alguns deles atenderão ao pedido de auxílio. CM 116 5 Estudai o assunto, e fazei o que estiver nas vossas forças para conseguir donativos. Não devemos julgar que coisa que não se deve fazer é pedir recursos aos homens do mundo, porque é isso justamente o que se deve fazer. Esse plano me foi apresentado como uma das maneiras de entrar em contato com os homens abastados do mundo. Por esse meio, não poucos ficarão interessados e poderão ouvir a verdade para este tempo, e nela crer. -- Counsels on Stewardship, 15, 16. ------------------------Capítulo 38 -- O trabalho da recolta de donativos CM 117 1 Seguindo qualquer plano que se possa pôr em execução para levar aos outros o conhecimento da verdade presente e das maravilhosas providências ligadas à causa que avança, em primeiro lugar consagremo-nos completamente Àquele cujo nome desejamos exaltar. Oremos, também, fervorosamente em favor dos que esperamos visitar, levando-os, um a um, com fé viva, à presença de Deus. CM 117 2 O Senhor conhece os pensamentos e propósitos do homem, e com que facilidade nos pode enternecer! Como pode o seu Espírito, como um fogo, dominar o coração empedernido! Como pode Ele encher a vida de amor e ternura! Como nos pode dar as graças de Seu Santo Espírito, e preparar-nos para entrar e sair, ao trabalhar em prol de pessoas! Dever-se-ia sentir em toda a igreja, hoje, o poder da graça vencedora, e ele pode ser sentido, se dermos ouvidos aos conselhos de Cristo aos Seus seguidores. Ao aprendermos a praticar a doutrina de Cristo, nosso Salvador, certamente veremos a salvação de Deus. CM 117 3 A todos os que estão prestes a empreender trabalho missionário especial com o folheto preparado para ser usado na campanha da Recolta de Donativos, eu diria: Sede diligentes em vossos esforços; vivei sob a direção do Espírito Santo. Aumentai, diariamente vossa experiência cristã. Os que têm especial aptidão, trabalhem pelos descrentes, e tanto nas camadas mais elevadas como nas mais humildes da sociedade. Buscai diligentemente as pessoas que perecem. Oh, pensai no ardente desejo que Cristo tem de levar novamente para o Seu aprisco os que se extraviaram! CM 117 4 Vigiai pelas pessoas como quem tem de dar contas. Em vosso trabalho missionário na igreja e na vizinhança, fazei vossa luz brilhar com raios tão claros e constantes que nenhum homem se possa levantar no juízo e dizer: "Por que não me falastes dessa verdade? Por que não cuidastes de minha salvação?" CM 117 5 Sejamos, então diligentes na distribuição de impressos cuidadosamente preparados para ser usados entre os que não são da nossa fé. Aproveitemos ao máximo cada oportunidade de captar a atenção dos descrentes. Ponhamos impressos em cada mão que os queira receber. Consagremo-nos à proclamação da mensagem: "Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus!" Instrumentos divinos e humanos devem unir-se para a realização de um grande objetivo. Hoje é o dia de nossa responsabilidade. "O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida". -- Manuscrito 2, 1914. CM 118 1 Fruto desse duplo esforço -- Na providência de Deus, os que levam a responsabilidade de Sua obra têm-se esforçado por dar nova vida aos velhos métodos de trabalho, e também delinear novos planos e novos métodos de despertar o interesse dos membros da igreja num esforço unido para alcançar o mundo. Um dos novos planos para alcançar os descrentes é a campanha da Recolta de Donativos para as missões. Em muitos lugares, durante os poucos anos passados, isso se tem demonstrado um grande êxito, trazendo bênçãos para muitos e aumentando o afluxo de meios para a tesouraria das missões. Ao se fazer com que os que não são da nossa fé se familiarizem com o progresso da mensagem do terceiro anjo, em terras pagãs, sua simpatia tem sido despertada, e alguns têm procurado saber mais acerca da verdade que tanto poder tem para transformar corações e vidas. Homens e mulheres de todas as classes têm sido alcançados e o nome de Deus, glorificado. CM 118 2 Em anos passados, falei em favor do plano de apresentar aos nossos amigos e vizinhos o trabalho de nossa missão e seu progresso, e me referi ao exemplo de Neemias. E agora desejo insistir com nossos irmãos e irmãs para que estudem de novo a experiência desse homem de oração e fé, e são juízo, que ousou tomar a liberdade de pedir auxílio a seu amigo, o Rei Artaxerxes, para levar avante os interesses da causa de Deus. Compreendam todos que, ao apresentar as necessidades de nossa obra, só podem os crentes refletir a luz para os outros, quando, como o Neemias da antiguidade, se aproximam de Deus e vivem em íntima ligação com o Doador de toda luz. Se quisermos ganhar outros do erro para a verdade, nós mesmos devemos estar firmemente arraigados no conhecimento da verdade. Precisamos, agora, examinar, diligentemente, as Escrituras, para que, ao travarmos conhecimento com descrentes, possamos elevar, perante eles, a Cristo como o ungido, o crucificado, o Salvador ressurreto, testificado pelos profetas, testemunhado pelos crentes, e em cujo nome recebemos o perdão de nossos pecados. -- Manuscrito 2, 1914. ------------------------Capítulo 39 -- O verdadeiro motivo de todo serviço CM 119 1 Nos dias de Cristo os fariseus procuravam continuamente conseguir o favor do Céu a fim de obter honra e prosperidade mundanas, as quais consideravam como sendo a recompensa da virtude. Ostentavam ao mesmo tempo seus atos de caridade diante do povo com o intuito de atrair-lhes a atenção, e adquirir reputação de santidade. CM 119 2 Jesus lhes censurou a ostentação, dizendo que Deus não reconhece um serviço como esse, e que a lisonja e a admiração do povo, as quais tão ansiosamente buscavam, seriam a única recompensa que haviam de ter. CM 119 3 "Quando tu deres esmola", disse Ele, "não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola seja dada ocultamente: e teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente." CM 119 4 Com essas palavras Jesus não ensinou que os atos de bondade devem ser sempre conservados em segredo. Paulo, o apóstolo, escrevendo inspirado pelo Espírito Santo, não oculta o generoso sacrifício dos cristãos macedônios, mas fala da graça por Cristo neles operada, de maneira que outros foram possuídos do mesmo espírito. Ele também escreveu à igreja de Corinto, dizendo: "Vosso zelo tem estimulado a muitos." CM 119 5 As próprias palavras de Cristo esclarecem Sua intenção -- que nos atos de caridade o objetivo não deve ser atrair louvor e honra dos homens. A verdadeira piedade nunca promove um esforço para ostentação. Os que desejam palavras de elogio e lisonja, delas se nutrindo como de um bocado delicioso, são cristãos apenas de nome. CM 119 6 Por meio de suas boas obras devem os seguidores de Cristo trazer glória, não para si mesmos, mas para Aquele mediante cuja graça e poder eles operaram. É por meio do Espírito Santo que toda boa obra é efetuada, e o Espírito é dado para glorificar, não o recebedor, mas o Doador. Quando a luz de Cristo brilha no coração, os lábios se encherão de louvor e ação de graças a Deus. Vossas orações, o cumprimento de vossos deveres, vossa beneficência, vossa abnegação, não serão o tema de vossos pensamentos ou conversação. Jesus será engrandecido, o eu oculto, e Cristo aparecerá como tudo em todos. CM 119 7 Cumpre-nos dar em sinceridade, não para fazer ostentação de nossas boas ações, mas por piedade e amor para com os sofredores. A sinceridade de desígnio, a verdadeira bondade de coração, eis o motivo a que o Céu dá valor. A pessoa sincera em seu amor, que põe todo o coração em sua devoção, Deus considera mais preciosa que as barras de ouro de Ofir. [...] Não devemos pensar na recompensa, mas no serviço. -- Beneficência Social, 79-81. CM 120 1 O motivo de dar é registrado -- Foi-me mostrado que o anjo relator faz um registro fiel de toda oferta feita a Deus, e posta no tesouro, bem como dos resultados finais dos meios assim doados. Os olhos do Senhor tomam conhecimento de todo níquel consagrado à Sua causa, e da boa vontade ou relutância do doador. O motivo por que se dá também é registrado. Os abnegados, consagrados que devolvem a Deus o que Lhe pertence, como Ele requer, serão recompensados segundo as suas obras. -- Steps to Christ, 221; Testimonies for the Church 2:518, 519. CM 120 2 Motivos mais elevados que a simpatia -- A treva moral de um mundo arruinado pleiteia com os cristãos, homens e mulheres, para exercerem esforços pessoais, darem de seus meios e de sua influência, de modo a serem assemelhados à imagem dAquele que, embora possuísse infinitas riquezas, tornou-Se todavia pobre por amor de nós. O Espírito de Deus não pode permanecer com aqueles a quem Ele mandou a mensagem de Sua verdade, mas que precisam ser insistentemente solicitados para poderem ter qualquer senso do dever que lhes cabe de tornarem-se coobreiros de Cristo. O apóstolo acentua o dever de dar impulsionados por motivos mais elevados, que a simples simpatia humana, devida à comoção. Insiste no princípio de que devemos trabalhar desinteressadamente, visando unicamente a glória de Deus. -- Testemunhos Seletos 1:370; Testimonies for the Church 3:391. CM 120 3 Amor, o princípio da ação -- O amor precisa ser o móvel de ação. O amor é o princípio básico do governo de Deus no Céu e na Terra, e deve ser o fundamento do caráter cristão. Isto unicamente pode torná-lo e guardá-lo inabalável; habilitá-lo a resistir às provas e tentações. CM 120 4 E o amor será revelado no sacrifício. O plano de salvação foi estabelecido através de sacrifício -- um sacrifício tão profundo, amplo e alto, que é incomensurável. Cristo entregou tudo por nós; e os que aceitam a Cristo estarão prontos para sacrificar tudo pela causa de seu Redentor. O pensamento de Sua honra e glória terá precedência sobre todas as outras coisas. CM 120 5 Se amamos a Jesus, gostaremos de para Ele viver, de apresentar-Lhe nossa oferta de gratidão, de trabalhar para Ele. O próprio labor será fácil. Anelaremos sofrimento, labuta e sacrifício por Sua causa. Simpatizaremos com o Seu anseio pela salvação dos homens. Sentiremos pelos homens a mesma terna paixão que Ele sentiu. CM 120 6 Esta é a religião de Cristo. Qualquer coisa menos que isso é um engano. Nenhuma simples teoria da verdade ou profissão de discipulado salvará pessoa alguma. Não pertencemos a Cristo, se não somos inteiramente Seus. É pela indiferença na vida cristã que os homens se tornam de propósitos fracos e desejos mutáveis. O esforço de servir tanto ao eu como a Cristo, faz do homem ouvinte de pedregais, e não resistirá quando lhe sobrevier a provação. -- Parábolas de Jesus, 49, 50. ------------------------Capítulo 40 -- Ofertas voluntárias CM 122 1 Tudo que fazemos deve ser feito de boa vontade. Devemos levar nossas ofertas com alegria e gratidão, dizendo ao apresentá-las: Das Tuas mãos voluntariamente Te damos. O mais custoso serviço que possamos prestar não passa de ninharia comparado ao dom de Deus ao nosso mundo. Cristo é uma dádiva cada dia. Deus O deu ao mundo, e Ele graciosamente recebe os dons confiados aos Seus agentes humanos para a promoção de Sua obra no mundo. Desse modo mostramos que reconhecemos e confessamos que tudo pertence absoluta e inteiramente a Deus. -- Manuscrito 124, 1898. CM 122 2 Deus Se deleita em honrar a oferta de um coração que ama, dando-lhe a mais alta eficiência em Seu serviço. Se dermos o coração a Jesus, trar-Lhe-emos também as nossas dádivas. Nosso ouro e prata, nossas mais preciosas posses terrestres, nossos mais elevados dotes mentais e espirituais ser-Lhe-ão inteiramente consagrados, a Ele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. -- O Desejado de Todas as Nações, 65. CM 122 3 Ofertas de Gratidão e Pelo Pecado -- Ide ao Senhor com coração transbordante de graças pelas misericórdias passadas e presentes, e manifestai vossa apreciação da liberalidade de Deus levando-Lhe vossas ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881. CM 122 4 A oferta chorada é um escárnio a Deus -- Deus fez dos homens Seus despenseiros, sócios Seus na grande tarefa de levar-Lhe avante o reino na Terra, mas eles podem seguir o mesmo procedimento do servo infiel, e ao assim fazer perdem os mais preciosos privilégios já conferidos ao homem. Durante milhares de anos, Deus tem operado por meio dos agentes humanos, mas Se quiser poderá retirar os egoístas, os amantes do dinheiro e os cobiçosos. Ele não depende de nossos recursos e não será restringido pelos agentes humanos. Poderá levar a cabo Seu próprio trabalho, embora nele não tomemos parte. Quem, porém, dentre nós se alegraria de que o Senhor fizesse isso? CM 122 5 Seria melhor não dar absolutamente nada do que dar de má vontade; pois se dermos de nossos meios quando não temos o espírito de dar liberalmente, zombamos de Deus. Tenhamos sempre em mente que estamos lidando com Alguém de quem dependemos em cada bênção. Alguém que lê toda intenção do coração, cada propósito da mente. -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1900. CM 123 1 O que dá com alegria é aceito -- "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." Se agirmos no espírito desse conselho, poderemos convidar o Ser Divino para revisar as contas de nossos assuntos temporais. Podemos julgar estar apenas dando ofertas daquilo que é um dom confiado por nosso Senhor. CM 123 2 Devem todas as nossas ofertas ser dadas com alegria, pois vêm do fundo que o Senhor achou por bem colocar em nossas mãos visando a levar avante Sua obra no mundo, a fim de que a bandeira da verdade possa ser desfraldada nos caminhos e atalhos da Terra. Se todos os que professam a verdade dessem ao Senhor o que Lhe pertence em dízimos, e dádivas e ofertas, haveria mantimento na casa do Senhor. Não dependeria a causa da beneficência da incerteza de dádivas resultantes de impulso, e que variam segundo os mutáveis sentimentos do homem. As exigências de Deus seriam bem acolhidas e Sua causa seria igualmente considerada com direito a uma porção dos fundos confiados às nossas mãos. CM 123 3 Quanto mais ansioso deveria estar cada fiel mordomo quanto a aumentar a proporção das dádivas a serem colocadas no tesouro do Senhor, do que de diminuir suas ofertas um jota ou um til que seja. A quem está ele servindo? Para quem está preparando uma oferta? Para Aquele de quem depende em cada coisa boa que desfruta. Então nenhum de nós que esteja recebendo a graça de Cristo dê ocasião aos anjos de se envergonharem de nós, e de Jesus Se envergonhar de nos chamar irmãos. CM 123 4 Quereis que a ingratidão seja cultivada e se manifeste pela nossa atitude mesquinha de dar à causa de Deus? -- Não, não! Entreguemo-nos num sacrifício vivo, dando a Jesus tudo o que temos. É Seu; somos-Lhe possessão adquirida. Os que recebem Sua graça, que contemplam a cruz do Calvário, não questionarão sobre a proporção em que dar, mas sentirão que a mais rica oferta é demasiado mesquinha, completamente desproporcionada, ante a grande dádiva do Filho unigênito do infinito Deus. Pela abnegação, até mesmo o mais pobre achará meios de obter algo que devolver a Deus. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1896. ------------------------Capítulo 41 -- Métodos populares de apelo CM 124 1 Vemos as igrejas dos nossos dias incentivando festejos, glutonaria e dissipação por meio de ceias, quermesses, danças e festivais realizados com o fim de ajuntar meios para a tesouraria da igreja. Eis um método inventado por mentes carnais para conseguir recursos sem sacrifício. [...] CM 124 2 Tal exemplo faz certa impressão na mente da juventude. Notam que os bingos, quermesses e jogos são aceitos pela igreja, e pensam haver algo fascinante nessa maneira de obter recursos. O jovem está rodeado de tentações. Entra na pista de boliche, no salão de jogo, para ver o esporte. Vê que o dinheiro é embolsado pelo que ganha. Isso parece tentador. Parece um modo mais fácil de obter dinheiro que pelo trabalho árduo, que requer perseverante energia e economia estrita. Imagina não haver nisso nenhum mal, pois se tem recorrido a jogos semelhantes visando a obter recursos em benefício da igreja. Então, por que não deveria ele ajudar a si mesmo dessa maneira? CM 124 3 Dispõe de uns poucos meios que aventura investir, pensando que eles podem trazer uma boa quantia. Quer ganhe ou perca, está na estrada descendente que conduz à ruína. Mas foi o exemplo da igreja que o levou ao caminho falso. CM 124 4 Ofertas defeituosas e doentias -- Fiquemos livres de todas essas corrupções, dissipações e festivais de igreja que exercem uma influência desmoralizante sobre jovens e velhos. Não temos o direito de lançar sobre eles o manto da santidade porque os recursos devem ser empregados nos planos da igreja. Tais ofertas são defeituosas e doentias, e têm a maldição de Deus. São o preço de vidas. Pode o púlpito defender festivais, dança, tômbolas, quermesses e luxuosos banquetes para obter recursos para os planos da igreja; mas não participemos de nenhuma dessas coisas, pois, se o fizermos, incorreremos no desagrado de Deus. Não nos propomos apelar para a concupiscência do apetite ou recorrer a diversões carnais como meio de induzir professos seguidores de Cristo a dar dos bens que Deus lhes tem confiado. Se não derem voluntariamente, por amor de Cristo, de maneira alguma será a oferta aceitável a Deus. CM 125 1 Caracteres arruinados -- Trajando vestes do Céu, a morte espreita no caminho dos jovens. O pecado é coberto de ouro pela santidade da igreja. Essas várias formas de divertimento nas igrejas modernas têm arruinado milhares que, não fosse isso, poderiam ter permanecido corretos e se tornado seguidores de Cristo. Caracteres têm sido arruinados por esses festivais da igreja e apresentações teatrais da moda, e mais alguns milhares serão destruídos; contudo o povo não se aperceberá do perigo, nem da temível influência exercida. Muitos moços e moças têm perdido sua salvação devido a essas influências corruptoras. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. CM 125 2 Motivos egoístas -- Nos professos ajuntamentos cristãos, Satanás lança uma capa de religiosidade sobre os prazeres enganosos e os folguedos não santificados, para lhes dar a aparência de santidade, e a consciência de muitos é acalmada por angariarem meios para custear as despesas da igreja. Os homens recusam dar por amor a Deus, mas, por amor ao prazer, e a condescendência com ambições egoístas, contribuirão com seu dinheiro. CM 125 3 Será por não haver poder nas lições de Cristo quanto à beneficência, no Seu exemplo, e na graça de Deus no coração para levar os homens a glorificar a Deus com sua fazenda, que se deve recorrer a esse método, a fim de sustentar a igreja? Não é pequeno o prejuízo ocasionado à saúde física, mental e moral nessas cenas de divertimentos e glutonaria. E o dia do final ajuste de contas revelará pessoas perdidas pela influência dessas cenas de frivolidade e loucura. CM 125 4 É um fato deplorável que motivos sagrados e eternos não tenham aquele poder de abrir o coração dos professos seguidores de Cristo para dar ofertas voluntárias para o sustento do evangelho, que têm os tentadores subornos dos banquetes e divertimentos em geral. É uma triste realidade que esses incentivos prevalecem quando as coisas sagradas e eternas não têm força para influenciar o coração a se empenhar em obras de beneficência. CM 125 5 Moisés não instituiu loterias -- O plano de Moisés no deserto para alcançar meios teve grande êxito. Não houve necessidade de compulsão. Moisés não fez um grande banquete. Não convidou o povo para cenas de alegria, dança, e divertimentos em geral. Tampouco instituiu ele loterias ou qualquer outra coisa profana dessa espécie a fim de obter recursos para construir o tabernáculo de Deus no deserto. Deus ordenou a Moisés que convidasse os filhos de Israel a trazerem ofertas. Devia Moisés aceitar dádivas de todo homem que voluntariamente desse, de coração. Essas ofertas voluntárias vieram em tão grande abundância que Moisés proclamou já ser suficiente. Deviam parar de dar presentes, pois já haviam dado com abundância, muito mais do que podia ser usado. CM 125 6 Têm as tentações de Satanás êxito sobre os professos seguidores de Cristo quanto à satisfação do prazer e do apetite. Vestido como anjos de luz, citará ele as Escrituras para justificar as tentações que põe diante dos homens para que condescendam com o apetite, e os prazeres mundanos que agradam ao coração carnal. São os professos seguidores de Cristo fracos na força moral, e são fascinados pelos subornos que Satanás tem posto diante deles, e ele alcança a vitória. CM 126 1 Como considera Deus as igrejas que são mantidas por esse meio? Cristo não pode aceitar essas ofertas, porque elas não foram dadas por amor e devoção a Ele, mas por sua idolatria ao eu. Mas o que muitos não fariam por amor a Cristo, fá-lo-ão por amor de finas iguarias, para satisfazer o apetite, e por amor aos divertimentos mundanos, para agradar ao coração carnal. -- The Review and Herald, 13 de Outubro de 1874. CM 126 2 Repetindo o pecado de Nadabe e Abiú -- Cristãos professos rejeitam o plano do Senhor para angariar meios para Sua obra; e a que recorrem para suprir a falta? Deus vê a impiedade dos métodos que adotam. Os lugares de culto são contaminados por toda sorte de dissipação idólatra, a fim de que se possa ganhar um pouco de dinheiro dos amantes dos prazeres para pagar dívidas da igreja ou manter-lhe o trabalho. Muitas dessas pessoas, não pagariam, por iniciativa própria, um único centavo para fins religiosos. Na orientação de Deus para o sustento de Sua obra, onde é que encontramos qualquer menção de bazares, concertos, quermesses e entretenimentos similares? Deve a causa do Senhor depender das próprias coisas que Ele proibiu em Sua Palavra -- das coisas que desviam a mente, de Deus, da sobriedade, da piedade e santidade? CM 126 3 E que impressão se faz na mente dos incrédulos? A santa norma da Palavra de Deus é rebaixada até o pó. Deus e o nome de cristão são menosprezados. Por esse meio não escriturístico de levantar recursos, fortalecem-se os mais corruptos princípios. E assim é que Satanás quer que seja. Os homens estão repetindo o pecado de Nadabe e Abiú. Usam no serviço de Deus fogo comum, em vez de fogo sagrado. O Senhor não aceita tais ofertas. CM 126 4 Todos esses métodos de trazer dinheiro para Seu tesouro são para Ele uma abominação. É uma devoção espúria que leva a tal invenção. Oh, que cegueira, que paixão louca há em muitos dos que pretendem ser cristãos! Membros da igreja estão fazendo o mesmo que fizeram os habitantes do mundo nos dias de Noé, quando a imaginação de seu coração era só má, continuamente. Todos os que temem a Deus aborrecerão tais práticas por serem uma falsa representação da religião de Jesus Cristo. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1896. CM 126 5 Liberalidade sem profundeza de princípio -- Pode o pastor ser o amigo íntimo de algum homem abastado, e pode este ser muito liberal para com ele; isso agrada ao pastor, que por seu turno não economiza louvores à beneficência de seu doador. Seu nome pode ser exaltado ao aparecer na imprensa, no entanto pode esse liberal doador ser completamente indigno do crédito que lhe é dado. CM 127 1 Sua liberalidade não proveio de um profundo e vivo princípio de fazer o bem com seus recursos, para fazer a causa de Deus avançar porque a apreciava, mas por algum motivo egoísta, o desejo de ser julgado liberal. Pode ter dado por impulso, e sua liberalidade não ter princípios profundos. Pode ser que tenha sido movido ao ouvir comovente mensagem, que, no momento, lhe afrouxou os cordéis da bolsa; mas, apesar de tudo, sua liberalidade não tem motivo mais profundo. Dá por espasmos; sua bolsa se abre espasmodicamente e com a mesma certeza espasmodicamente se fecha. Não merece elogio, pois é, em todo o sentido da palavra, um homem mesquinho; e, a não ser que se converta completamente, bolsa e tudo, ouvirá a fulminante denúncia: "Eia pois agora vós ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça." CM 127 2 Esses acordarão, finalmente, de um horrível engano próprio. Os que lhes louvavam a espasmódica liberalidade, ajudaram Satanás a enganá-los, fazendo-os pensar que eram muito liberais, que se sacrificavam muito, quando nem conheciam os fundamentais princípios da liberalidade ou do sacrifício próprio. -- Testimonies for the Church 1:475, 476. ------------------------Capítulo 42 -- O perigo da cobiça CM 128 1 Muitos, do povo de Deus são entorpecidos pelo espírito do mundo, e estão negando sua fé pelas suas obras. Cultivam o amor ao dinheiro, às casas e terras, a ponto de isto lhes absorver as faculdades da mente e do ser e excluir o amor ao Criador e às pessoas por quem Cristo morreu. O deus deste mundo lhes cegou os olhos; seus interesses eternos se tornam secundários; e o cérebro, os ossos e os músculos são sobrecarregados ao máximo para lhes aumentar as posses terrenas. E todo esse acúmulo de cuidados e aflições é suportado em direta violação da exortação de Cristo: "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam." CM 128 2 Esquecem-se de que Ele disse também: "Ajuntai para vós tesouros no Céu"; que assim fazendo estarão trabalhando em seu próprio interesse. O tesouro acumulado no Céu está seguro; ladrão algum pode aproximar-se nem a traça corroê-lo. Mas seu tesouro está na Terra, e têm suas afeições em seu tesouro. CM 128 3 A vitória de Cristo -- Defrontou-Se Cristo, no deserto, com as maiores e principais tentações que assediaram ao homem. Ali, sozinho, encontrou-Se com o inimigo astuto e sutil, e o venceu. A primeira e grande tentação foi sobre o apetite; a segunda, a presunção; a terceira, o amor do mundo. A Cristo foram oferecidos os tronos e reinos do mundo e a glória deles. Satanás chegou com honras mundanas, riquezas e os prazeres da vida, e os apresentou na mais atraente luz, para seduzir e enganar. "Tudo isto", disse ele a Cristo, "Te darei se, prostrado, me adorares." Contudo Cristo repeliu o astuto inimigo, e saiu vitorioso. CM 128 4 Jamais será o homem provado com tentações tão fortes como as que assediaram a Cristo; no entanto, Satanás tem mais êxito em se aproximar do homem. "Todo este dinheiro, este ganho, esta terra, este poder, estas honras e riquezas, te darei" -- pelo quê? Raramente é a condição pronunciada com tanta clareza como o foi a Cristo: "Se, prostrado, me adorares." Ele se contenta em exigir que a integridade seja subjugada, a consciência, embotada. Pela dedicação aos interesses mundanos, recebe toda a homenagem que pede. Fica aberta a porta para ele entrar como quer, com o seu mau séquito de impaciência, amor-próprio, orgulho, avareza e desonestidade. O homem é atraído e traiçoeiramente seduzido para a ruína. CM 129 1 Diante de nós temos o exemplo de Cristo. Ele venceu a Satanás, mostrando-nos como também podemos vencer. Cristo resistiu a Satanás com as Escrituras. Poderia ter recorrido ao Seu próprio poder divino, e usado Suas próprias palavras; mas disse: "Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Fossem as Sagradas Escrituras estudadas e seguidas, e o cristão seria fortalecido para enfrentar o astuto inimigo; mas a Palavra de Deus é negligenciada, seguindo-se o desastre e a derrota. CM 129 2 O jovem rico -- Um jovem foi a Cristo e disse: "Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?" Jesus lhe ordenou que guardasse os mandamentos. Respondeu ele: "Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade: que me falta ainda?" Jesus olhou com amor para o jovem e fielmente lhe mostrou sua deficiência na observância da lei divina. Não amava ao próximo como a si mesmo. Seu amor egoísta às riquezas era um defeito, que, se não fosse reparado, o excluiria do Céu. "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e vem, e segue-Me." CM 129 3 Cristo queria que o jovem compreendesse que nada mais exigia dele senão que seguisse o exemplo que Ele mesmo, o Senhor do Céu, deixara. Abandonara Suas riquezas na glória, e Se tornara pobre, para que, pela Sua pobreza, o homem enriquecesse; e por amor dessas riquezas, pede ao homem que abandone as riquezas terrenas, a honra e o prazer. Ele sabe que enquanto as afeições estiverem voltadas para o mundo, serão desviados de Deus; portanto, disse ao jovem: "Vai, vende tudo o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e vem, e segue-Me." Como recebeu ele as palavras de Cristo? Regozijou-se por poder alcançar o tesouro celeste? Oh, não! "Retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades." Para ele as riquezas significavam honra e poder; e o grande vulto do seu tesouro faz com que tal venda pareça quase impossível. CM 129 4 Esse homem amante do mundo desejava o Céu, mas queria reter sua riqueza, e renunciou a vida imortal pelo amor ao dinheiro e ao poder. Oh, que infeliz troca! No entanto, muitos dos que professam estar guardando todos os mandamentos de Deus estão fazendo a mesma coisa. CM 129 5 Aqui está o perigo das riquezas para o avarento: quanto mais ganha tanto mais difícil lhe é ser generoso. Diminuir-lhe a riqueza é como separá-lo da vida; e ele se volta dos atrativos da recompensa imortal para reter e aumentar suas posses terrenas. Tivesse ele observado os mandamentos, e suas posses terrenas não teriam sido tão grandes. Enquanto delineava planos e se esforçava em favor de si mesmo, como poderia ele amar a Deus de todo o seu coração e de todas as suas forças, e ao próximo como a si mesmo? Tivesse ele distribuído para atender às necessidades dos pobres, conforme elas exigiam, e teria sido muito mais feliz e teria tido maior tesouro no Céu, e menos na Terra em que colocar as afeições. [...] CM 130 1 Responsáveis para com Deus -- Disse Paulo: "Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes." Deus havia revelado Sua verdade a Paulo e, ao fazê-lo, tornara-o devedor àqueles que estavam nas trevas, quanto à iluminá-los. Mas muitos não reconhecem que têm de dar contas a Deus. Estão lidando com os talentos do Senhor; têm faculdades mentais, que, empregadas no rumo certo, torná-los-iam coobreiros de Cristo e dos anjos. Muitas pessoas poderiam ser salvas pelos seus esforços, para brilharem como estrelas na sua coroa de vitória. Mas eles a tudo isso são indiferentes. Pelas atrações deste mundo, Satanás tem procurado acorrentá-los e lhes paralisar as energias morais, e tem tido muito bom êxito. CM 130 2 Está em jogo o destino futuro -- Como podem as casas e terras comparar-se, em valor, às preciosas pessoas por quem Cristo morreu? Por vosso intermédio, prezados irmãos e irmãs, podem essas pessoas ser salvas convosco no reino da glória; mas vós não podeis levar junto, a mínima parte de vosso tesouro terrestre. Adquiri o que puderdes, preservai-o com todo o cuidado que possais exercer, e ainda assim poderá sair ordem do Senhor e, em poucas horas, um fogo que perícia alguma pode apagar poderá destruir o que acumulastes em toda a vossa vida, e torná-lo um montão de ruínas fumegantes. Podereis dedicar todo o vosso talento e energia a ajuntar tesouros na Terra; mas de que vos servirão eles quando vossa vida terminar ou Jesus aparecer? Na mesma medida em que aqui tiverdes sido exaltados pelas honras e riquezas mundanos, com negligência da vida espiritual, nessa mesma medida caireis no valor moral diante do tribunal do grande Juiz. "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" CM 130 3 A ira de Deus cairá sobre os que serviram a Mamom em vez de ao Criador. Mas os que vivem para Deus e para o Céu, mostrando aos outros o caminho da vida, verificarão que a vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. E eles, afinal, ouvirão o bem-vindo convite: "Bem está, servo bom e fiel [...] entra no gozo do teu Senhor." A alegria de Cristo era ver os salvos no Seu glorioso reino; e por esse gozo "suportou a cruz, desprezando a afronta". Mas logo "o trabalho da Sua alma Ele verá, e ficará satisfeito". Quão felizes serão aqueles a quem tendo partilhado de Sua obra, for permitido partilhar-Lhe o gozo! -- The Review and Herald, 23 de Junho de 1885. CM 130 4 O poder enfeitiçante de Satanás -- É propósito de Satanás tornar o mundo muito atraente. Ele tem um poder enfeitiçante que exerce para atrair as afeições até mesmo de professos seguidores de Cristo. Muitos professos cristãos há que farão qualquer sacrifício para obter riquezas, e quanto mais êxito tiverem em alcançar o objetivo de seus desejos, tanto menos se importarão com a preciosa verdade e seu progresso no mundo. Perdem o amor a Deus, e agem como homens dementes. Quanto mais prosperam na riqueza material, tanto menos investem na causa de Deus. CM 131 1 As obras dos que têm um amor louco às riquezas tornam evidente ser impossível servir a dois senhores, a Deus e a Mamom. Mostram ao mundo que seu deus é o dinheiro. Prestam homenagem a seu poder, e em todos os intentos e propósitos servem ao mundo. O amor ao dinheiro torna-se uma força dominante, e por sua causa violam a lei de Deus. Podem professar ter a religião de Cristo, mas não amam aos seus princípios nem lhes atendem as admoestações. Dão suas melhores energias ao serviço do mundo, e se prostram diante de Mamom. CM 131 2 É alarmante serem tantas pessoas enganadas por Satanás. Ele desperta a imaginação com brilhantes perspectivas de ganho mundano, e os homens ficam cheios de si, e pensam haver diante deles uma perspectiva de perfeita felicidade. São engodados pela esperança de obter honra, riqueza e posição. Satanás diz eles: "Tudo isto te darei, todo este poder e riqueza com os quais podereis fazer o bem aos vossos semelhantes"; mas quando o objetivo que buscam é alcançado, eles não se encontram em ligação com o abnegado Redentor; não são participantes da natureza divina. Apegam-se aos tesouros terrenos, e desprezam os requisitos da abnegação, sacrifício próprio e humilhação por amor à verdade. Nenhum desejo têm de se desfazerem dos acariciados tesouros terrenos nos quais seu coração está colocado. Têm trocado de amo, e aceitaram o serviço de Mamom em vez de o serviço de Cristo. Satanás tem assegurado para si o culto dessas pessoas enganadas, pelo amor dos tesouros terrestres. CM 131 3 Freqüentemente se verifica que a mudança da piedade para o mundanismo se efetuou de maneira tão imperceptível pelas astutas insinuações do maligno, que a pessoa enganada não percebe que abandonou a companhia de Cristo, e é Sua serva apenas no nome. -- The Review and Herald, 23 de Setembro de 1890. CM 131 4 Abandono do espírito de sacrifício próprio dos pioneiros -- Houve tempo em que apenas poucos havia que deram ouvidos à verdade e a abraçaram, e eles não tinham muito dos bens deste mundo. Então foi necessário alguns venderem suas casas e terras e obterem outras mais baratas, ao passo que seus recursos eram livremente emprestados ao Senhor, para publicar a verdade, e de outras maneiras ajudar a levar avante a causa de Deus. Essas pessoas abnegadas suportaram privações, mas se as suportarem até o fim, grande ser-lhes-á a recompensa. CM 131 5 Deus está tocando muitos corações. A verdade pela qual alguns tanto sacrificaram tem triunfado, e multidões a ela se têm apegado. Na providência de Deus, os que dispõem de meios têm sido trazidos para a verdade para que, conforme a obra for crescendo, as necessidades de Sua causa possam ser atendidas. Deus não pede agora as casas em que o povo de Deus precisa morar; mas se os que têm em abundância não Lhe ouvirem a voz, não se separarem do mundo e sacrificarem para Deus, Ele os dispensará e chamará os que estão desejosos de fazer qualquer coisa por Jesus, até mesmo vender suas casas para atender às necessidades da causa. Deus quer ofertas voluntárias. Os que dão devem considerar um privilégio fazê-lo. -- The Review and Herald, 16 de Setembro de 1884. CM 132 1 O povo de Deus está sendo julgado pelo universo celeste; mas a escassez de suas dádivas e ofertas, e a debilidade de seus esforços no serviço de Deus, assinalam-nos como infiéis. Se o pouco que agora fazem fosse o melhor que podiam fazer, não estariam sob condenação; mas com os recursos que têm poderiam fazer muito mais. Eles sabem e o mundo também, que perderam, em grande escala, o espírito de abnegação e de levar a cruz. -- Testimonies for the Church 6:445, 446. CM 132 2 Cada um é provado -- A Mateus em sua abastança, como a André e Pedro em sua pobreza, a mesma prova foi apresentada; a mesma consagração foi feita por cada um. No momento do êxito, quando as redes estavam cheias de peixe, e mais fortes eram os impulsos do viver anterior, Jesus pediu aos discípulos junto ao mar que abandonassem tudo pela obra do evangelho. Assim toda pessoa é provada quanto a seu mais forte desejo -- se bens temporais, se a companhia de Cristo. CM 132 3 O princípio é sempre de caráter exigente. Homem algum pode ser bem-sucedido no serviço de Deus, a menos que nele ponha inteiro o coração e repute todas as coisas por perda pela excelência do conhecimento de Cristo. Ninguém que faça qualquer reserva pode ser discípulo de Cristo, e muito menos Seu colaborador. Quando os homens apreciam a grande salvação, o espírito de sacrifício observado na vida de Cristo ver-se-á na sua. Por onde quer que Ele os guie, acompanhá-Lo-ão contentes. -- O Desejado de Todas as Nações, 273. ------------------------Capítulo 43 -- Procurando servir a Deus e a Mamom CM 133 1 Há o perigo de tudo perder, na perseguição do ganho deste mundo, pois na ânsia febril de alcançar os tesouros terrenos, são esquecidos interesses mais elevados. O cuidado e a perplexidade envolvidos em ajuntar tesouros na Terra, não deixam tempo para aquilatar o valor das riquezas eternas nem o desejo de fazê-lo. [...] "Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Vossos pensamentos, vossos planos, vossos motivos terão uma feição terrena, e vossa vida será contaminada com a cobiça e o egoísmo. "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" [...] CM 133 2 Pode o coração do homem ser a habitação do Espírito Santo. A paz de Cristo, que excede todo entendimento, pode circundar-vos, e o transformador poder de Sua graça trabalhar em vossa vida, e habilitar-vos para os lugares da glória. Mas se o cérebro, nervos e músculos forem empregados a serviço do eu, não estais tornando Deus e o Céu a primeira consideração de vossa vida. É impossível entretecerdes as graças de Cristo em vosso caráter, enquanto pondes todas as vossas energias ao lado do mundo. Podereis ter êxito em acumular tesouros na Terra, para a glória do eu, mas "onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração". A reflexão sobre o que é eterno se tornará de importância secundária. Podereis participar das formas exteriores de culto, mas vosso serviço será uma abominação ao Deus do Céu. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Ou pondes o coração e a vontade do lado de Deus, ou empregais vossas energias no serviço do mundo. Deus não aceitará serviço dividido. -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1910. CM 133 3 A substância que permanece ou a sombra que passa -- Cristo apela aos membros de Sua igreja para que alimentem a verdadeira e genuína esperança do evangelho. Aponta-lhes para cima, afirmando-lhes nitidamente estarem as riquezas que perduram em cima, e não embaixo. A esperança deles está no Céu, não na Terra. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua Justiça", diz Ele, e "todas essas coisas" -- tudo o que é essencial ao nosso bem -- "vos serão acrescentadas". CM 133 4 Para muitos, as coisas deste mundo empanam a visão gloriosa do eterno peso de glória que aguarda os santos do Altíssimo. Não podem distinguir a substância verdadeira, real e duradoura, da sombra falsa, enganosa e passageira. Cristo com eles insiste para que removam de diante dos olhos o que lhes está ofuscando a visão das realidades eternas. Insiste na remoção do que está fazendo com que confundam sombras com realidades e realidades com sombras. Deus suplica a seu povo que empregue as energias do corpo, espírito e alma no serviço que Ele espera que realize. Apela para que sejam capazes de dizer por si mesmos que os ganhos e vantagens desta vida não merecem ser comparados com as riquezas reservadas aos que de maneira diligente e judiciosa buscam a vida eterna. -- The Review and Herald, 23 de Junho de 1904. CM 134 1 Absorvido na aquisição de riquezas -- O inimigo está justamente trabalhando agora com a mesma perseverança com que trabalhava antes do dilúvio. Pelo uso de vários empreendimentos e invenções, diligentemente está ele trabalhando para conservar a mente dos homens obcecada com as coisas deste mundo. Está empregando todo o seu engenho para levar os homens a agirem insensatamente, a fim de os conservar absorvidos nos empreendimentos comerciais, pondo, assim, em perigo sua esperança de vida eterna. Ele projeta todas as invenções que põem em perigo a vida do homem. Sob sua direção, levam os homens a cabo o que ele inventa. Tão empenhados estão na aquisição de riquezas e poder mundanos que não atentam para o "Assim diz o Senhor". CM 134 2 Satanás exulta ao ver que tem êxito em afastar as mentes das questões solenes e importantes ligadas à vida eterna. Procura expulsar da mente os pensamentos de Deus e colocar em seu lugar o mundanismo e o comercialismo. Deseja conservar o mundo em trevas. É seu propósito estudado levar os homens a se esquecerem de Deus e do Céu, a fim de colocar todas as pessoas que possa sob sua jurisdição. E para esse fim apresenta empreendimentos e invenções que de tal maneira ocupem a mente dos homens, que eles não tenham tempo para pensar nas coisas celestiais. CM 134 3 Deve o povo de Deus, agora, despertar e fazer o trabalho que negligenciaram. Ao delinear planos para essa obra, devemos empenhar todas as energias da mente. Não devemos regatear esforços para apresentar a verdade como esta é em Jesus, de maneira tão simples e ainda assim tão convincente que as mentes fiquem fortemente impressionadas. Devemos planejar trabalhar de tal maneira que consuma a menor quantidade de meios possível; pois a obra deve avançar até às regiões distantes. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1910. CM 134 4 Uma lição de Judas -- Judas tinha qualidades de valor, mas havia, em seu caráter, alguns traços que precisavam ser podados antes de ele poder salvar-se. Devia nascer de novo, não da semente corruptível, mas da incorruptível. Sua grande tendência hereditária e cultivada para o mal era a cobiça. E, pela prática, tornou-se ela um hábito que ele introduziu em todos os seus negócios. Seus hábitos econômicos desenvolveram o espírito avarento, e se tornaram fatal cilada. O ganho era-lhe a medida de uma experiência religiosa correta, e toda a verdadeira justiça se subordinava a isso. Princípios piedosos de retidão e justiça não tinham guarida nos atos de sua vida. CM 135 1 Sabendo que ele estava se corrompendo pela cobiça, deu-lhe Cristo o privilégio de ouvir muitas e preciosas lições. Ouviu Cristo estabelecer os princípios que todos os que quiserem entrar em Seu reino devem possuir. Foi-lhe dada toda a oportunidade de receber a Cristo como seu Salvador pessoal, mas recusou essa dádiva. Não quis entregar seus caminhos e vontade a Cristo. Não pôs em prática o que lhe contrariava as inclinações, portanto, seu forte espírito de avareza não foi corrigido. Ainda que continuasse como discípulo nas formas exteriores, embora estivesse na própria presença de Cristo, apropriava-se dos meios que pertenciam ao tesouro do Senhor. [...] CM 135 2 Judas poderia ter sido beneficiado por essas lições, tivesse ele sido dominado pelo anseio de ser reto de coração; mas o desejo de adquirir o venceu, e o amor do dinheiro se tornou uma força dominante. Pela condescendência, permitiu que esse traço de seu caráter crescesse e criasse raízes tão profundas que excluíram a boa semente da verdade semeada em seu coração. -- The Review and Herald, 5 de Outubro de 1897. CM 135 3 Cegados pelo amor ao mundo -- Deve a causa de Deus conservar o primeiro lugar em nossos planos e afeições. Há necessidade de dar uma mensagem direta quanto à condescendência com o eu enquanto a causa de Deus está necessitando de recursos. Alguns estão tão frios e desviados que não reconhecem estarem colocando as afeições nos tesouros terrenos, que estão prestes a ser para sempre arrebatados. O amor do mundo os está envolvendo como grossas vestes; e a menos que mudem de atitude, não saberão quão precioso é praticar a abnegação por amor de Cristo. Todos os nossos ídolos, nosso amor ao mundo, devem ser expulsos do coração. CM 135 4 Pastores e amigos fiéis há que vêem o perigo de que estão cercadas essas pessoas presas pelo eu, e que fielmente lhes mostram o erro em que estão incorrendo, mas em vez de receberem as admoestações no espírito em que são dadas, delas tirando proveito, essas pessoas reprovadas se levantam contra aqueles que os tratam com fidelidade. CM 135 5 Oh, se eles despertassem de sua letargia espiritual e se familiarizassem agora com Deus! O mundo lhes está fechando os olhos para não ver Aquele que é invisível. São incapazes de discernir as coisas mais preciosas e que são de interesse eterno, mas vêem a verdade de Deus numa luz tão fraca que ela, para eles, parece de pouco valor. O mais simples átomo concernente aos seus interesses temporais assume grandiosas proporções, ao passo que as coisas que dizem respeito à eternidade são excluídas de sua consideração. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1893. CM 136 1 Destruída a verdadeira generosidade -- Os relativamente pobres, são os que comumente fazem o máximo para sustentar a causa de Deus. São generosos com o pouco que têm. Fortaleceram os impulsos generosos com as contínuas liberalidades. Quando seus gastos pesavam fortemente nas rendas, não lhes deixavam margem ao arraigamento da paixão das riquezas terrestres, nem davam lugar às mesmas. CM 136 2 Muitos, porém, ao começarem a ajuntar riquezas terrenas, põem-se a calcular quando estarão de posse de determinada quantia. Na ansiedade de acumular fortunas para si, deixam de enriquecer-se para com Deus. A Sua beneficência não se mantém a par com o que acumulam. À medida que lhes cresce a paixão pelas riquezas, as afeições se vão após o seu tesouro. O aumento dos bens lhes robustece o ansioso desejo de mais, até que alguns consideram exigente e injusta a contribuição de um décimo para o Senhor. Diz a Inspiração: "Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração". Salmos 62:10. Muitos têm dito: "Se eu fosse tão rico como Fulano, multiplicaria minhas ofertas ao tesouro de Deus. Não faria com minha riqueza senão promover a causa do Senhor." Deus tem provado alguns destes dando-lhes riquezas; com elas, porém, a tentação se tornou mais forte, e a beneficência tornou-se-lhes incomparavelmente menor que nos dias de sua pobreza. A mente e o coração foram tomados do empolgante desejo de possuir maiores fortunas, e fizeram-se idólatras. -- Testemunhos Seletos 1:383. CM 136 3 Quando pobres, alguns são generosos com o pouco que possuem; ao adquirirem propriedades, porém, tornam-se mesquinhos. O motivo de terem tão pouca fé é não se manterem avançando à medida que prosperam, e darem à causa de Deus ainda que seja com sacrifício. -- Testemunhos Seletos 1:465. ------------------------Capítulo 44 -- Os que professam em vão CM 137 1 Falam as Escrituras de uma grande classe de professos que não são praticantes. Muitos dos que dizem crer em Deus negam-nO por suas obras. Seu culto ao dinheiro, casas e terras assinala-os como idólatras e apóstatas. Todo egoísmo é cobiça, sendo, portanto, idolatria. Muitos dos que têm o nome no rol da igreja, como crentes em Deus e na Bíblia, estão adorando os bens que o Senhor lhes tem confiado para que sejam Seus despenseiros. Pode ser que não se curvem literalmente diante de seus tesouros terrestres, não obstante este é o seu deus. São adoradores de Mamom. Prestam às coisas deste mundo a homenagem que pertence ao Criador. Aquele que vê e sabe todas as coisas registra a falsidade de sua profissão. CM 137 2 Deus é excluído do templo do coração do cristão mundano, para dar amplo lugar a normas mundanas. Seu deus é o dinheiro. Ele pertence a Jeová, mas aquele a quem é confiado recusa deixá-lo extravasar em atos de beneficência. Houvesse ele se apropriado dele de acordo com o desígnio de Deus, e o incenso de suas boas obras teria ascendido ao Céu, e de milhares de pessoas convertidas se ouviriam cânticos de louvor e ações de graças. CM 137 3 Para levar avante o reino de Deus, para despertar os que estão mortos em ofensas e pecados, para falar aos pecadores do bálsamo curativo do amor do Salvador -- para isso é que nosso dinheiro deve ser usado. Mas, freqüentemente, é usado para a glorificação do eu. Em vez de ser o meio de levar pessoas ao conhecimento de Deus e de Cristo, trazendo assim louvor e gratidão ao Doador de todo bem, têm sido as posses terrenas o meio de eclipsar a glória de Deus e ofuscar a visão do Céu. Pelo mau uso do dinheiro tem-se o mundo enchido de más práticas. A porta da mente tem se fechado contra o Redentor. CM 137 4 Deus declara: "Minha é a prata, e Meu é o ouro." Ele mantém estrita conta de todo filho e filha de Adão, para saber que destino estão dando a Seus bens. Podem os homens e mulheres mundanos dizer: "Mas eu não sou cristão. Não professo servir a Deus." Mas será que isso os torna menos culpados ao enterrarem Seus meios, Seus recursos, em empreendimentos mundanos, para levar avante os seus interesses egoístas? CM 137 5 Falo a vós que não conheceis a Deus, que venhais a ler estas linhas; pois, em Sua providência, poderão elas ser levadas ao vosso conhecimento. Que estais fazendo com os bens de vosso Senhor? Que fazeis das faculdades físicas e mentais que Ele vos deu? Sois capazes, por vós mesmos, de conservar o maquinismo humano em ação? Falasse Deus apenas uma palavra dizendo que devíeis morrer, e imediatamente silenciaríeis na morte. Dia a dia, uma hora após outra, minuto após minuto, opera Deus, pelo Seu infinito poder, para vos conservar a vida. É Ele quem dá o fôlego que vos conserva o corpo com vida. Negligenciasse Deus ao homem como o homem negligencia a Deus, o que seria da raça humana? CM 138 1 O grande Missionário Médico Se interessa pelas obras das Suas mãos. Apresenta aos homens o perigo de fechar a porta do coração ao Salvador, dizendo: "Convertei-vos, convertei-vos [...]; pois por que razão morrereis?". -- The Review and Herald, 23 de Maio de 1907. CM 138 2 Um título para as posses celestiais -- Aproxima-se o dia em que "o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram das rochas, e pelas cavernas para ante eles se prostrarem, e meter-se-á pelas fendas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa da glória da Sua majestade." As riquezas do mundo nada valerão no dia da ira, mas a fé e a obediência trarão a vitória. CM 138 3 Devemos pôr em ação toda a fé que temos. Devemos educar-nos a falar de fé e preparar-nos para a vida futura. Que incansáveis esforços fazem os homens para obterem um título legal de sua terra. Devem ter escrituras que suportem a prova da lei. Nunca fica o possuidor satisfeito enquanto não tiver a certeza de que não há falhas em seu documento. Oh, se os homens fossem tão ávidos de obter o título de suas posses celestiais que suportasse a prova da lei! O apóstolo exorta o seguidor de Cristo a ser diligente em tornar segura a sua vocação e eleição. Não deve haver erro, defeito, em vossa reivindicação de imortalidade. Diz o Salvador: "Bem-aventurados os que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas". -- The Review and Herald, 30 de Abril de 1889. CM 138 4 As riquezas eternas são desprezadas -- O Senhor olha com compaixão para os que se permitem andar sobrecarregados com os cuidados caseiros e com as perplexidades nos negócios. Estão embaraçados com o muito servir, e negligenciam o essencial. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça", diz o Salvador, "e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Isto é: Desviai o olhar deste mundo, para o eterno. Esforçai-vos por alcançar as coisas a que Deus dá valor, e para cuja obtenção, Cristo deu Sua preciosa vida. Seu sacrifício vos tem aberto, de par em par, os portais do comércio celestial. Guardai vosso tesouro junto ao trono de Deus, fazendo, com o capital que Ele confiou, o trabalho que deseja que se faça em levar as pessoas ao conhecimento da verdade. Isso vos garantirá riquezas eternas. [...] CM 139 1 Quando pensamos na grande dádiva do Céu para a redenção de um mundo pecador e então consideramos as ofertas que podemos dar, tememos fazer comparação. As exigências que se pudessem fazer a todo o Universo não se poderiam comparar com essa única dádiva. Incomensurável amor foi demonstrado quando Alguém igual ao Pai veio pagar o preço pelo ser humano, e trazer-lhe a vida eterna. Não verão os que professam o nome de Cristo nenhuma atração no Redentor do mundo, serão eles indiferentes à posse da verdade e da justiça, e se voltarão do tesouro celeste para o terreno? CM 139 2 "E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus." CM 139 3 Esta mensagem do evangelho é uma das mais preciosas passagens do Novo Testamento. Uma vez recebida, produz na vida de quem a recebe bons atos, cujo valor transcende o de diamantes e do ouro. Tem poder para trazer alegria e consolo à vida terrestre, e ao crente comunicar a vida eterna. Oh, se tivéssemos o entendimento tão iluminado pela graça que lhe pudéssemos absorver a plena significação! O Pai nos está dizendo: Eu vos concederei um tesouro mais precioso que qualquer posse terrena, um tesouro que vos tornará ricos e bem-aventurados para sempre. -- The Review and Herald, 5 de Março de 1908. CM 139 4 Quão incoerente! quão inútil! -- Cristo declara: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Os que estão trajando vestes de bodas, as vestes da justiça de Cristo, não perguntarão se devem levantar a cruz e seguir nas pisadas do Salvador. Voluntária e alegremente Lhe obedecerão as ordens. Muitos estão perecendo fora de Cristo. Quão incoerente, então, é todo esforço para alcançar posição e riquezas. Quão débeis são os motivos que Satanás pode apresentar, que o egoísmo e a ambição podem prover, comparados com as lições que Cristo deu em Sua Palavra! Quão inútil a recompensa que o mundo oferece, ao lado da que é oferecida pelo nosso Pai celestial! -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1899. CM 139 5 Deus proverá -- Embora devam os homens cuidar de que nenhuma concessão da providência seja gasta desnecessariamente, o espírito de avareza, de adquirir, terá de ser vencido. Essa disposição levará à ganância e ao trato injusto, que Deus abomina. Não devem os cristãos permitir serem perturbados por ansioso cuidado quanto às necessidades da vida. Se os homens amarem e obedecerem a Deus e fizerem sua parte, Ele proverá tudo aquilo de que necessitam. Embora vossa subsistência tenha de ser alcançada no suor de vosso rosto, não deveis descrer de Deus, pois no grande plano de Sua providência, suprir-vos-á, dia a dia, as necessidades. Essa lição de Cristo é uma censura aos pensamentos de ansiedade, às perplexidades e dúvidas do coração incrédulo. Homem algum pode acrescentar um côvado sequer à sua estatura, por mais ansioso que esteja de fazê-lo. Não é menos irrazoável estar preocupados quanto ao amanhã e às suas necessidades. Cumpri com vosso dever, e confiai em Deus, pois Ele sabe o de que necessitais. -- The Review and Herald, 18 de Setembro de 1888. ------------------------Capítulo 45 -- O apego às riquezas CM 141 1 Não deve o povo de Deus, que tem sido abençoado com grande luz quanto à verdade para este tempo, esquecer-se de que deve estar aguardando a vinda de seu Senhor nas nuvens do Céu, e por ela vigiando. Não se esqueçam de que se devem despojar das obras das trevas e envergar a armadura da luz. Nenhum homem exalte seus ídolos de ouro, prata ou terras e dedique o serviço de seu coração a este mundo e a seus interesses. Há uma mania de especular em terras, que domina tanto as cidades como os campos. Os velhos caminhos seguros e salutares para a abastança estão perdendo a popularidade. A idéia de acumular recursos materiais pelo ganho moderado do trabalho e da economia, é uma idéia que por muitos é desprezada, como não sendo mais adaptável a esta época de progresso. CM 141 2 O desejo de se empenhar em especulação, em comprar lotes na cidade e no campo, ou qualquer coisa que prometa ganhos repentinos e exorbitantes, tem atingido febril calor; e a mente, o pensamento, e o trabalho são todos dirigidos no sentido de alcançar tudo o que podem dos tesouros da Terra no menor espaço de tempo possível. Alguns de nossos jovens prometem precipitar-se na ruína, devido a esse febril apego às riquezas. Esse desejo de ganho abre a porta do coração às tentações do inimigo. E as tentações que vêem são de natureza tão sedutora que muitos não podem a ela resistir. [...] CM 141 3 O espírito de ganho -- O espírito de ganhar, de apressar-se em enriquecer, dessa mundanidade todo absorvente, contradiz dolorosamente nossa fé e doutrinas. Devesse o altíssimo Senhor ser obsequiado para conceder Seu Santo Espírito, e procurar reavivar Sua obra, quantos estariam com fome do maná celestial, e com sede da água da vida? [...] CM 141 4 Vejo haver o perigo de alguns de nossos irmãos dizerem, como o rico insensato: "Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come, bebe, e folga." Muitos se estão esquecendo de que são servos de Deus e dizem: "O dia de amanhã será como este, e ainda maior e mais famoso." Deus está observando todas as vossas transações comerciais. Ponde-vos de guarda. É tempo de pensar profunda e sinceramente em ajuntar um tesouro no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrompem, e onde os ladrões não minam nem roubam. -- Special Testimonies, Serie B, 17a:4, 5. CM 142 1 A obsessão de novos empreendimentos -- Se pelo país passa uma nova patente, homens que professam crer na verdade acham um meio de conseguir recursos para investir no empreendimento. Deus está familiarizado com cada coração. Todo motivo egoísta Lhe é conhecido, e Ele permite que se levantem circunstâncias para provar o coração do Seu povo professo, para os experimentar e desenvolver o caráter. Em alguns casos, o Senhor permitirá que os homens prossigam, e sofram completo fracasso. Sua mão está contra eles, para lhes desfazer as esperanças e espalhar o que possuem. CM 142 2 Os que realmente se interessam pela causa de Deus, e estão dispostos a aventurar algo para o seu avanço, verificarão ser isso um investimento garantido e seguro. Alguns terão cem vezes tanto nesta vida, e no mundo vindouro, a vida eterna. Mas nem todos receberão cem vezes mais nesta vida, porque não o podem suportar. Se lhes fosse confiado muito, tornar-se-iam mordomos insensatos. O Senhor o retém para o bem deles; mas o seu tesouro no Céu estará seguro. Quanto melhor é um investimento como esse! CM 142 3 Embriagados com ganhos antecipados -- O desejo que alguns de nossos irmãos têm de ganhar recursos depressa, leva-os a se empenhar em um novo empreendimento e a investir meios, mas, freqüentemente, sua esperança de fazer dinheiro não se realiza. Enterram aquilo que poderiam ter empregado na causa de Deus. Há uma obsessão nesses novos empreendimentos. E, não obstante terem essas coisas sido executadas tantas vezes e terem diante de si o exemplo de outros que fizeram investimentos e se defrontaram com completo fracasso, ainda assim muitos são tardos em aprender. Satanás engoda-os e os embriaga com lucros antecipados. CM 142 4 Quando suas esperanças se desfazem, sofrem muito desânimo em conseqüência de suas insensatas aventuras. Se se perde dinheiro, a pessoa considera isso um infortúnio para si -- como se fosse perda sua. Mas deve ela lembrar-se que é com os meios alheios que está lidando, que é apenas mordomo, e que Deus Se desagrada do uso insensato dos meios que poderiam ter sido usados para levar avante a causa da verdade presente. No dia do juízo, deve o mordomo infiel dar contas de sua mordomia. -- Testimonies for the Church 1:225, 226. CM 142 5 Mais atraente do que o trabalho perseverante -- O inimigo está muito ansioso por impedir o término do trabalho especial para este tempo, apresentando alguma transação errônea. Apresentá-la-á sob o manto de grande liberalidade; e se os que seguem esse curso têm aparente êxito por algum tempo, outros o seguirão. E as claras verdades para este tempo, que estão provando nosso povo, e que, caso fossem nitidamente entendidas, impediriam tal atitude, perdem sua força. CM 143 1 Alguns se lançarão em lisonjeiros esquemas especulativos de fazer dinheiro, e outros imediatamente pegarão o espírito de especulação. É isso justamente o que eles querem, e se empenharão em ramos de especulação que afastam a mente do sagrado preparo essencial para estarem aptos para enfrentar as provas que hão de vir nestes últimos dias. CM 143 2 O inimigo tem seus planos cuidadosamente elaborados e tentará, de todos os modos possíveis, fazer com que tenham êxito. Alguma coisa dessa espécie,* um plano que prometia ser tão benévolo e de tanto êxito quanto este, já foi iniciado muitas vezes entre nosso povo. Mas ao chegar o tempo em que esperavam grande êxito, demonstrou-se um completo fracasso. Isso confundiu a mente do povo. Haviam entrado em especulação, e gostavam mais desse plano do que do trabalho árduo e de continuarem, como geralmente vimos fazendo, trabalhando com perseverança e confiando no Senhor. [...] CM 143 3 Afastando as mentes da verdade -- Todo movimento dessa espécie que aparece para estimular o desejo de obter riqueza, rapidamente, pela especulação, desvia a mente do povo das mais solenes verdades até aqui dadas aos mortais. Por algum tempo, pode haver perspectivas encorajadoras, mas o fim disso é o fracasso. O Senhor não abona tais movimentos. Fosse essa obra promovida, seriam atraídas por esses sistemas especulativos muitas pessoas que de nenhuma outra maneira poderiam ser desviadas da obra de apresentar as solenes verdades que devem ser dadas ao povo, neste tempo. -- Special Testimonies, Serie B, 17a:15-19. CM 143 4 Uma cilada de Satanás -- Muitas vezes, quando o Senhor abre o caminho para os irmãos usarem seu dinheiro para o avanço de Sua causa, têm os agentes de Satanás apresentado algum empreendimento pelo qual, foram categóricos, os irmãos poderiam dobrar seus recursos. Eles pegam a isca; seu dinheiro é empregado, e a causa, e freqüentemente eles mesmos, nunca recebem um dólar. CM 143 5 Irmãos, lembrai-vos da causa, e, quando tiverdes recursos à vossa disposição, ponde para vós mesmos um bom fundamento para o tempo vindouro, para que possais lançar mão da vida eterna. Jesus, por amor de vós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêsseis nos tesouros celestes. Que dareis por Jesus, que tudo deu por vós? -- Testimonies for the Church 5:154, 155. ------------------------Capítulo 46 -- A tentação de especular CM 144 1 Satanás tem destruído muitas pessoas ao levá-las a se colocarem no caminho da tentação. Delas se aproxima como se aproximou de Cristo, tentando-as a amar o mundo. Diz-lhes que podem investir com lucro neste ou naquele empreendimento, e, na boa fé, lhe seguem os ditames. CM 144 2 Logo são tentados a se desviar da sua integridade, para fazerem para si mesmos as melhores barganhas possíveis. Pode sua atitude ser perfeitamente legal, segundo a norma mundana do que é correto, e ainda assim não suportar a prova da lei de Deus. Seus motivos são postos em dúvida pelos irmãos, e há suspeitas de se estarem exorbitando para servirem a si mesmos, sendo assim sacrificada aquela preciosa influência que devia ter sido guardada sagradamente para benefício da causa de Deus. O negócio que poderia ser um êxito financeiro nas mãos de um trapaceiro que vende sua integridade pelo ganho mundano, seria inteiramente impróprio para um seguidor de Cristo. CM 144 3 Todas essas especulações são seguidas de provas e dificuldades invisíveis, e são um temível teste para os que nelas se empenham. Freqüentemente há circunstâncias que naturalmente fazem com que se teçam considerações sobre os motivos desses irmãos; mas ainda que algumas coisas possam parecer decididamente erradas, nem sempre devem elas ser consideradas verdadeira prova de caráter. Contudo, freqüentemente provam ser o ponto decisivo na experiência e destino de alguém. O caráter é transformado pela força das circunstâncias sob as quais o indivíduo se coloca. CM 144 4 Perigosa experiência -- Foi-me mostrado ser perigosa experiência para nosso povo empenhar-se em especulação. Desse modo, colocam-se no terreno do inimigo, tornando-se sujeitos a grandes tentações, desapontamentos, provas e perdas. Então vem uma febril inquietação, o veemente desejo de obter recursos com maior rapidez do que as circunstâncias atuais permitiriam. Mudam, portanto, o seu ambiente, na esperança de fazer mais dinheiro. Mas, freqüentemente, suas expectativas não se realizam e eles desanimam e vão para trás, em vez de para a frente. É esse o caso de alguns em _____. Estão se extraviando de Deus. CM 144 5 Fizesse o Senhor prosperar alguns de nossos queridos irmãos em suas especulações, ter-se-ia isso demonstrado sua eterna ruína. Deus ama Seu povo, e ama aos desafortunados. Se aprenderem as lições que Ele lhes pretende ensinar, sua derrota se demonstrará, afinal uma preciosa vitória. O amor do mundo tem afastado o amor de Cristo. Sempre que o entulho é retirado da porta do coração, e esse se abre de par em par, em resposta ao convite de Cristo, Ele entra e toma posse do templo da alma. -- Testimonies for the Church 4:616-618. CM 145 1 Encantos e subornos enganadores -- Agora, no tempo da prova, todos nós estamos em experiência e sob prova. Satanás está operando com seus enganadores encantos e subornos, e alguns pensarão que, por meio de seus projetos, têm feito maravilhosa especulação. Mas eis que, enquanto pensam estarem enriquecendo com segurança, e colocando-se, em seu egoísmo, numa alta esfera, aprendem que Deus pode espalhar mais depressa do que eles podem ajuntar. -- Special Testimonies, Serie B, 17a:6. CM 145 2 Ilusórias perspectivas -- Muitos têm, conscienciosamente, emprestado seu dinheiro a nossas instituições, a fim de que este seja usado para fazer uma boa obra para o Mestre. Mas Satanás põe em operação projetos que despertarão na mente de nossos irmãos o grande desejo de tentar a sorte, como na loteria. Muitos se entusiasmam com a grande propaganda de lucros financeiros, se tão-somente fizerem investimentos de seu dinheiro em terras; retiram então seus meios de nossas instituições, e os sepultam na terra, onde a causa do Senhor nenhum benefício pode obter. CM 145 3 Então, se alguém tem bom êxito, tão entusiasmado fica com o fato de haver ganho algumas centenas de dólares, que decide continuar ganhando dinheiro enquanto puder. Continua a investir em propriedades ou em minas. A armadilha de Satanás logra êxito; em vez de mais fundos fluírem para o tesouro, há uma retirada de meios de nossas instituições, para que os donos possam tentar a sorte em negócios de mineração ou negociando com terras. O espírito de avareza é incentivado, e o homem que é, por natureza, mesquinho, chora cada dólar que se pede para usar no avanço da causa de Deus na Terra. -- Special Testimonies, Serie B, 17a:8. CM 145 4 Especulação pelos pastores -- Aproximamo-nos do fim do tempo. Necessitamos não somente de ensinar a verdade presente do púlpito, mas de vivê-la fora dele. Examinai detidamente o fundamento de vossa esperança de salvação. Não podeis, enquanto vos achais na posição de um arauto da verdade, de um vigia nos muros de Sião, ter os vossos interesses entrelaçados com negócios de minas ou de imóveis, e fazer ao mesmo tempo eficazmente a sagrada obra confiada a vossas mãos. Onde se acham em jogo vidas humanas, onde se encontram envolvidas coisas eternas, o interesse não pode, sem perigo, dividir-se. CM 145 5 Esse é especialmente o vosso caso. Embora empenhado nesse negócio, não vindes cultivando sincera piedade. Tendes tido febril desejo de obter bens. A muitos tendes falado acerca das vantagens financeiras a serem alcançadas nos investimentos de terras em _____. Repetidas vezes vos tendes empenhado em focalizar as vantagens desses empreendimentos; e isso quando éreis pastor ordenado de Cristo, compromissado a dar vossa vida à obra de salvação. Ao mesmo tempo, estáveis recebendo dinheiro do tesouro para sustentardes a vós e a vossa família. Vossa palestra visava desviar a atenção e o dinheiro de nosso povo de nossas instituições e do mister de promover o reino do Redentor na Terra. A tendência era criar neles o desejo de empregar seus recursos onde vós lhes assegurastes que duplicariam dentro de curto espaço de tempo, e engodar com a perspectiva de, assim fazendo, poderem ajudar a causa muito mais. [...] CM 146 1 Evitar embaraços mundanos -- Especialmente deve o pastor evitar todo o embaraço mundano e unir-se à Fonte de todo o poder, para poder demonstrar corretamente o que significa ser cristão. Deve libertar-se de tudo que, de qualquer modo, lhe desviaria a mente de Deus e da grande obra para este tempo. Cristo espera que, como servo por Ele empregado, Lhe seja semelhante na mente, no pensamento, na palavra e na ação. Espera que todo homem que abre as Escrituras aos outros trabalhe cuidadosa e inteligentemente, não usando suas faculdades de maneira insensata, de modo a prejudicá-las ou sobrecarregá-las, para poder estar habilitado a desempenhar boa obra para o Senhor. -- Testimonies for the Church 5:530, 531. CM 146 2 Especulando em terras próximas às nossas instituições -- Fui instruída a dar um testemunho aos nossos irmãos, dizendo-lhes que se deveriam guardar da especulação desleal quanto à compra e venda de terras, perto da propriedade da escola. Toda transação de compra e venda deve caracterizar-se pela mais estrita integridade. Não se deve condescender com o egoísmo. Os princípios defendidos por nossa escola e que devem ser ensinados aos alunos, como parte de sua educação, devem ser cultivados por aqueles que estão mais intimamente ligados aos interesses da escola e neles revelados. Não devem eles, pelos esforços para obter ganho pessoal, contradizer os princípios de educação cristã para os quais deve a escola ser estabelecida. CM 146 3 Estamos, dia a dia, fazendo o nosso registro para o tempo e para a eternidade. Na venda como na compra, seja cada ação justa e reta. Não permitais que coisa alguma de caráter enganoso seja introduzida, pois isso desanimaria nossos irmãos e desagradaria a Deus. Grandes sacrifícios foram feitos pelo povo de nossas igrejas, a fim de que se pudesse conseguir esta propriedade para nossa escola. Não se aproveitem, os que procuram vantagens para si, de seus irmãos, que necessitem localizar-se perto da escola. Alguns que têm o espírito de especulação deveriam ser desencorajados de vir para _____, porque não seriam uma bênção para a escola, mas um empecilho. CM 147 1 Lembremo-nos de que estamos sendo passados em revista por Deus, e que cada ação desleal para servir ao eu é registrada contra nós nos livros do Céu. Oh, suplico aos nossos irmãos que ponham de lado o espírito de comercialismo. Oro para que nenhum daqueles cujo principal propósito é tirar vantagem para si mesmo se ajunte ao redor da escola. Procurem todos exceder-se em coisas espirituais, para que o espírito ambicioso se transforme num espírito desinteressado. Deve essa mudança operar-se em nós, se quisermos ser aprovados por Deus. -- Carta 72, 1909. CM 147 2 A tentação das rifas -- Há, então, ligado com isso, um negócio de rifa, e um jovem que ali vai, obtém um relógio de ouro. E daí? Pode o relógio ser de ouro genuíno, e não ser uma fraude, mas ah, atrás disso há uma fraude, e essa é a cilada. Uma vez que o tenha ganhado, desejará experimentar novamente. Oh, se fosse um filho meu, eu preferiria vê-lo no caixão que ostentando esse relógio de ouro. Então aqui há outros rapazes. Mostra-lhes seu relógio, e aí lhes vem o desejo veemente de experimentar a sorte da mesma maneira, e assim tentarão eles mesmos a questão. Então outro tentará, e mais outro; e assim a influência passará de um para outro; e o diabo sabe justamente como fazer esse jogo. -- Manuscrito 1, 1890. ------------------------Capítulo 47 -- Investimentos insensatos CM 148 1 Poucas semanas atrás, enquanto assistia a uma reunião campal em São José [1905], alguns de nossos irmãos me apresentaram o que consideravam maravilhosas oportunidades para investir meios em ações de mineração e estrada de ferro, que dariam grandes dividendos. Pareciam confiantes no êxito, e falaram no bem que fariam com os lucros que esperavam receber. CM 148 2 Havia outras pessoas presentes, e pareciam interessadas em ver como eu lhes receberia a proposta. Disse-lhes que tais investimentos eram muito incertos. Nenhuma certeza podiam eles ter de que esses empreendimentos teriam êxito. Falei-lhes da eterna recompensa assegurada aos que põem o seu tesouro no Céu; mas quanto a essas incertas aventuras, roguei-lhes, por amor de Cristo, que parassem justamente onde estavam. CM 148 3 À noite, fui instruída a dizer ao povo de Deus que não é de acordo com Sua vontade que os que crêem na Sua breve volta empreguem seus meios em ações de minas. Isso seria sepultar na terra os talentos de nosso Senhor. Lerei uma cópia de uma carta que escrevi a um dos irmãos que mencionei: CM 148 4 São José, Califórnia, 2 de Julho de 1905. CM 148 5 "Prezado Irmão: "Mostrastes-me uma proposta para fazer investimento em ações de mineração. Estais confiante em que tal investimento se demonstraria um sucesso, e pensais que, dessa maneira, sereis capaz de ajudar grandemente a causa de Deus. CM 148 6 "Instruiu-me o Senhor de que, em reuniões a que eu assistiria, encontraria homens incentivando nossos irmãos a empregarem seu dinheiro para operar minas. Foi-me ordenado que dissesse ser isso uma cilada do inimigo para consumir ou reter meios grandemente necessários ao avanço da obra de Deus. É uma cilada dos últimos dias, para envolver o povo de Deus na perda do capital do Senhor que lhe foi confiado, e que deveria ser sabiamente usado na obra de ganhar pessoas para Cristo. Visto tanto dinheiro ser empregado nesses empreendimentos tão incertos, a obra de Deus é tristemente invalidada por falta de talento que ganhe pessoas para Cristo. [...] CM 148 7 "Numa visão, a noite passada, levantava eu minha voz advertindo contra as especulações mundanas. Eu disse: Convido-os a adquirir ações da maior mina que já foi posta em operação. CM 149 1 "'O reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.' [...] CM 149 2 "Se fizerdes investimento nas ações da mina de Deus, o lucro será certo. Diz Ele: 'Ouvi-Me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.' [...] CM 149 3 "'Outrossim o reino dos Céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.' CM 149 4 "Meu irmão, fareis vós um investimento para garantir a posse da pérola celestial de grande preço? [...] É essa uma ação de mineração, na qual podeis fazer investimento sem correr o risco de ficar desapontados. Mas, meu prezado amigo, nós não temos um dólar sequer do dinheiro do Senhor para empregar em empresas de mineração, neste mundo." CM 149 5 Estou muitíssimo triste por alguns de nosso povo terem cometido o erro de enterrar o capital que Deus lhes deu em ações de minas, pensando, por esse modo, em aumentar suas rendas. Pode a perspectiva parecer alvissareira, mas muitos ficarão tristemente desapontados. CM 149 6 Recordo o caso de um irmão que, uma vez, esteve interessado na obra e na causa de Deus. Faz alguns anos, quando eu estava na Austrália, esse irmão me escreveu dizendo que comprara uma mina, da qual esperava grandes lucros. Disse-me que me daria uma parte do que iria receber. Ocasionalmente me escrevia, dizendo: "Agora as perspectivas são boas. Logo receberemos os lucros." Mas os lucros não se materializaram; e, depois de enterrar muitos milhares de dólares, sua aventura se demonstrou um completo fracasso. CM 149 7 Este é um dos muitos casos semelhantes que me têm chamado a atenção. Muitos me têm demonstrado sua tristeza por já haverem incentivado alguém a empregar seus recursos em ações de minas. Caso haja, aqui, alguém que recebeu dinheiro de um irmão ou irmã para um tal investimento, é seu dever devolvê-lo, se quem o deu assim o desejar. CM 149 8 Aconselho-vos a serdes cuidadosos quanto ao que fazeis com os bens de vosso Senhor. Colocando-os no tesouro de Deus, podereis assegurar para vós mesmos rendimentos dos inesgotáveis tesouros de Seu reino. CM 149 9 Muito facilmente o povo de Deus se satisfaz com meras verdades superficiais. Diligentemente devemos procurar as verdades profundas, eternas e de grande alcance da Palavra de Deus. Havendo-as achado, alegremente devemos vender tudo, para podermos comprar o campo. -- Special Testimonies, Serie B, 17a:8-13. ------------------------Capítulo 48 -- Vivendo dentro das receitas CM 150 1 Muitos, muitíssimos, não se educaram de modo a poderem conservar seus gastos dentro do limite de suas entradas. Não aprendem a se adaptar às circunstâncias, e vez após vez tomam emprestado, tomam emprestado, ficando sobrecarregados de dívidas, e conseqüentemente desanimados. CM 150 2 Muitos não se lembram da causa de Deus, e descuidadamente gastam dinheiro em divertimentos dos feriados, em roupas e tolices, e quando se faz um apelo para o avanço da obra tanto nas missões nacionais como nas estrangeiras, nada têm para dar, ou até mesmo já estouraram sua conta. Roubam, assim, a Deus nos dízimos e ofertas, e, pela sua egoísta condescendência expõem-se a cruéis tentações, e caem nas ciladas de Satanás. CM 150 3 Devemos estar sempre em guarda, e não nos permitir gastar dinheiro com o que não é necessário, simplesmente por ostentação. Não nos devemos permitir condescender com gostos que nos levam a seguir os costumes do mundo, e roubar o tesouro do Senhor. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893. CM 150 4 Operosidade e economia na família -- Foi-me mostrado que vós, meu irmão e irmã, tendes muito a aprender. Não tendes vivido dentro de vossos recursos. Não aprendestes a economizar. Se ganhais salários elevados, não sabeis como fazê-los desaparecerem o mais depressa possível. Consultais o gosto ou o apetite, em vez de a prudência. Às vezes gastais dinheiro com uma qualidade de alimento que vossos irmãos não podem pensar em saborear. Os dólares escorregam com muita facilidade de vosso bolso. [...] CM 150 5 Tanto é errado deixardes de usar vossas forças, tirando delas maior proveito, como o é para o rico cobiçosamente reter suas riquezas, porque lhe é agradável fazê-lo. Não fazeis o esforço que deveríeis fazer para sustentar a família. Podeis trabalhar, e trabalhais, se o trabalho está convenientemente preparado à mão; mas não vos esforçais para pôr-vos a trabalho, sentindo ser um dever usar vosso tempo e forças com maior proveito, e no temor de Deus. CM 150 6 Tendes estado num negócio que vos daria, às vezes, grandes lucros de uma vez. Depois de terdes ganho os meios, não estudastes como economizar para o tempo em que os recursos não podem ser ganhos com tanta facilidade, antes muito tendes gasto com necessidades imaginárias. Tivésseis vós e vossa esposa compreendido ser um dever que Deus vos impôs negar vosso gosto e vossos desejos e fazer provisão para o futuro, em vez de viver meramente para o presente, poderíeis ter agora abastança, e vossa família teria os confortos da vida. Tendes uma lição a aprender que não deveríeis demorar a aprender. É a de fazer com que o pouco renda muito. [...] CM 151 1 Jesus operou um milagre e alimentou a cinco mil, ensinando então uma lição de economia: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." Deveres, importantes deveres repousam sobre vós. "A ninguém devais coisa alguma." Se estivésseis enfermos, incapacitados de trabalhar, então estariam vossos irmãos no precípuo dever de vos ajudar. Mas na situação atual, tudo o que necessitáveis de vossos irmãos, ao mudardes de lugar, era um impulso. Se fôsseis tão ambiciosos como devíeis, e vós e vossa esposa concordásseis em viver dentro dos recursos que tendes, poderíeis estar livres de embaraço. Tereis de trabalhar tanto por pequenos como por grandes salários. A operosidade e a economia ter-vos-iam colocado a família em vez disso, numa condição muito mais favorável. -- Testimonies for the Church 2:431-436. CM 151 2 Economia por princípio -- Aqueles cujas mãos se abrem para atender aos apelos de meios para manter a causa de Deus e aliviar ao sofredor e ao necessitado, não são os que são fracos e frouxos e lentos na administração de seus negócios. Têm sempre o cuidado de conservar suas despesas de acordo com as receitas. São econômicos por princípio; sentem ser seu dever economizar, a fim de que possam ter algo para dar. -- Testimonies for the Church 4:573. CM 151 3 A primeira lição: abnegação -- Tenho visto famílias pobres lutando com dívidas, e assim mesmo não serem os filhos ensinados a negarem a si mesmos, a fim de ajudar aos pais. Numa família que visitei, manifestaram as filhas o desejo de possuir caríssimo piano. Alegremente teriam os pais satisfeito esse desejo, mas estavam embaraçados com dívidas. As filhas sabiam disso, e, se tivessem sido ensinadas a praticar a abnegação, não teriam dado aos pais a dor de lhes negar o que desejavam; mas ainda que lhes fosse dito ser impossível satisfazer-lhes os desejos, a questão não terminou aí. Freqüentemente era o desejo manifestado, aumentando, assim, o pesado fardo dos pais. CM 151 4 Noutra visita, vi na casa o cobiçado instrumento musical, e soube que algumas centenas de dólares haviam sido acrescentadas ao fardo do débito. Quase não sei a quem mais censurar, se aos pais condescendentes ou aos filhos egoístas. Ambos são culpados diante de Deus. Este caso ilustrará muitos outros. Embora professem ser cristãs, essas pessoas jovens nunca tomaram a cruz de Cristo; pois a primeiríssima lição a aprender de Cristo é a lição da abnegação. Disse nosso Salvador: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." De maneira alguma poderemos tornar-nos discípulos de Cristo, a menos que concordemos com essa condição. -- The Signs of the Times, 31 de Março de 1887. ------------------------Capítulo 49 -- Trazendo descrédito à causa de Deus CM 152 1 A religião que professais, torna tanto vosso dever empregar o tempo durante os seis dias de trabalho, como ir à igreja no sábado. Não sois diligentes no serviço. Deixais passar horas, dias e mesmo semanas sem nada realizar. O melhor sermão que vos seria possível pregar ao mundo, seria mostrar decidida reforma em vossa vida, e prover às necessidades de vossa família. Diz o apóstolo: "Mas se alguém não tem cuidado dos seus, principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel." CM 152 2 Trazeis descrédito sobre a causa estabelecendo residência em um lugar, onde cedeis por algum tempo à indolência, e depois sois obrigados a incorrer em débito para prover à família. Esses vossos débitos honestos, nem sempre sois exatos em pagar, mas em vez disto, mudai-vos para outro lugar. Isto é defraudar o próximo. O mundo tem direito de esperar estrita integridade dos que professam ser cristãos bíblicos. Pela indiferença de um homem quanto a pagar suas justas dívidas, todo o nosso povo está em risco de ser considerado indigno de confiança. CM 152 3 "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós." Isto se refere tanto aos que trabalham com suas mãos, como aos que têm dádivas a conceder. Deus vos deu forças e habilidade, mas não as tendes usado. Vossa energia é suficiente para sustentar abundantemente a família. Levantai-vos pela manhã, mesmo enquanto as estrelas ainda brilham, se necessário for. Planejai alguma coisa, e então realizai. Cumpri cada compromisso, a menos que sejais prostrados pela enfermidade. Privai-vos da comida e do sono de preferência a ser culpado de reter de outros aquilo que lhes é devido. -- Testemunhos Seletos 2:46, 47; Testimonies for the Church 5:179, 180. CM 152 4 O que o oitavo mandamento requer -- O oitavo mandamento condena o furto de homens e tráfico de escravos, e proíbe a guerra de conquista. Condena o furto e o roubo. Exige estrita integridade nos mínimos detalhes dos negócios da vida. Veda o engano no comércio, e requer o pagamento de débitos e salários justos. Declara que toda tentativa de obter-se vantagem pela ignorância, fraqueza ou infelicidade de outrem, é registrada como fraude nos livros do Céu. -- Patriarcas e Profetas, 309. CM 153 1 Uma das armadilhas de Satanás -- Todos devem praticar economia. Nenhum obreiro deve manejar seus negócios de modo a incorrer em dívidas. [...] Envolvendo-se voluntariamente em dívidas, ele se está emaranhando numa das redes preparadas por Satanás. -- O Colportor Evangelista, 67. CM 153 2 Enfraquece a fé, leva ao desânimo -- Prezado Irmão: CM 153 3 Sinto que estejais na situação em que estais, sob a pressão da dívida. Sei de um bom número que, como vós, estão perturbados e angustiados devido a sua condição financeira. [...] CM 153 4 O Senhor não Se agrada de vossa angústia. Quer conceder-vos a consolação de Seu Santo Espírito, para que sejais um homem livre, que permanece em Sua luz e em Seu amor. Tem Ele lições que deveis aprender, e quer que sejais ligeiro em aprendê-las. Não vos deveis permitir ficar embaraçado financeiramente, pois o fato de estardes com dívida enfraquece a vossa fé e vos leva ao desânimo, e até mesmo pensar nela vos deixa quase desatinado. Deveis reduzir vossas despesas e esforçar-vos por vencer essa deficiência de vosso caráter. Podeis e deveis fazer determinados esforços para pôr sob controle a disposição que tendes de gastar dinheiro além de vossa receita. -- Carta 48, 1888. CM 153 5 Uma prática desmoralizadora -- A prática de tomar dinheiro emprestado para atender a uma premente necessidade, e não tomar nenhuma providência para saldar a dívida, embora comum, é desmoralizadora. O Senhor quer que todos os que crêem na verdade se convertam dessas práticas de engano próprio. Devem eles antes escolher passar necessidade a cometer um ato desonesto. Ninguém pode recorrer à prevaricação ou desonestidade ao lidar com os bens do Senhor, e ficar sem culpa diante de Deus. Todos os que o fazem negam a Cristo nas ações, enquanto professam guardar e ensinar os mandamentos de Deus. Não mantêm os princípios de lei de Deus. Se os que vêem a verdade não mudarem o caráter, correspondendo à santificadora influência da verdade, serão um cheiro de morte para a morte. Eles deturparão a verdade, trar-lhe-ão descrédito e desonrarão a Cristo, que é a verdade. -- Manuscrito 168, 1898. ------------------------Capítulo 50 -- Apelo à oração ou mudança de ocupação CM 154 1 Prezados Irmão e Irmã: Sinto por vós terna simpatia, e estou orando para que vejais as coisas na devida luz. Deveis cuidar para que ninguém dirija seus negócios de tal maneira que incorra em dívida. [...] CM 154 2 Quando um homem verifica que não tem êxito, por que não recorre à oração, ou muda de trabalho? Tempos tempestuosos estão à nossa frente, e o Senhor aceitará a todo aquele que com Ele pode cooperar. Ponde em prática a abnegação e o sacrifício próprio. Considerai cada movimento cuidadosamente e com oração. Andai mansamente perante o Senhor. Devemos manter dedicação a Deus, e fazer caminhos retos para os nossos pés, para que o coxo não se desvie do caminho. -- Carta 63, 1897. CM 154 3 Conselho a um colportor -- Em vossa carta, vós vos queixais do jugo da dívida. Mas não há escusa para terdes dívida. [...] Vossa liberdade em tomar emprestado, sem nenhuma razão para supor que estareis em condições de restituir, está fazendo a outros grande injustiça, roubando-lhes o pouco que possuem, e trazendo descrédito à causa de Deus. Se, no tempo em que estáveis praticando a ação, reconhecêsseis o que estáveis fazendo, pararíeis. Veríeis a pecaminosidade de roubar homens, sejam eles crentes ou descrentes, e pô-los em situação difícil para vos aliviar as necessidades atuais. CM 154 4 Esse vosso caso, irmão _____, não é uma questão de pouca monta. Seguindo o rumo que tendes seguido, deixareis na vereda de outros colportores uma influência deletéria, que dificilmente podereis desfazer. Tereis fechado a porta a outras pessoas que querem colportar e fazer o trabalho honradamente, mas não serão consideradas dignas de confiança. Devido à atitude errada adotada por alguns colportores, não ousam aventurar com aqueles que realmente necessitam de certa condescendência e de favores no sentido da confiança. E com a experiência que eles têm tido, na perda, para o tesouro, de milhares de dólares, por que não deveriam eles ter medo de depositar confiança em homens que agem de tal maneira que tiram do tesouro, deixando-o sem os meios de que tanto necessitam para manter a obra de Deus para este tempo? -- Carta 36, 1897. CM 155 1 Liberdade pela abnegação -- Decidi nunca incorrer em outro débito. Negai-vos mil e uma coisas antes de entrar em outra dívida. Essa tem sido a maldição de vossa vida: entrar em dívida. Evitai-a, como evitaríeis a varíola. CM 155 2 Fazei, com Deus, o solene concerto de, com a Sua bênção, pagar vossas dívidas e a ninguém dever coisa alguma, ainda que tenhais de viver a pão e água. É tão fácil, ao preparar a mesa, tirar do bolso uma moeda para extraordinários. Cuidai dos centavos e os dólares cuidarão de si mesmos. É uma moedinha aqui, uma moedinha ali, gasta para isto, aquilo, e aquele outro, que logo somam dólares. Negai o eu ao menos quando estais rodeados de dívidas. [...] Não vacileis, não desanimeis nem desistais. Negai vosso gosto, negai a condescendência com o apetite, economizai vosso dinheiro e pagai vossas dívidas. Esforçai-vos para pagá-las o mais depressa possível. Quando vos puderdes apresentar novamente como um homem livre, não devendo nada a ninguém, tereis alcançado uma grande vitória. -- Carta 4, 1877. CM 155 3 Dívida pessoal não deve impedir a liberalidade -- Alguns não se têm erguido e unido no plano da doação sistemática, desculpando-se de não estarem livres de dívidas. Alegam que primeiro a ninguém devem ficar devendo coisa alguma. Romanos 13:8. Mas o fato de terem dívidas não os escusa. Vi que devem dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Alguns são conscienciosos quanto a não dever coisa alguma a ninguém, e pensam que Deus nada pode exigir deles enquanto todas as suas dívidas não estiverem pagas. Aí é que eles se enganam. Deixam de dar a Deus o que Lhe pertence. Devem todos levar ao Senhor uma oferta agradável. Os que têm dívidas devem retirar a quantia que devem do que possuem, e dar uma parte proporcional do restante. -- Testimonies for the Church 1:220. ------------------------Capítulo 51 -- Pagar as dívidas dos prédios de igreja CM 156 1 Alegro-me convosco na perspectiva de livrar de dívidas os prédios de igrejas. Quanto se poderia ter economizado se todos os anos se fizessem esforços extras nesse sentido. Não há necessidade de nossas casas de culto continuarem ano após ano com dívidas. Se todo membro da igreja cumprir o seu dever, pondo em prática a abnegação e o sacrifício próprio, pelo Senhor Jesus, de quem é possessão adquirida, a fim de que Sua igreja possa estar livre de dívidas, estará honrando a Deus. CM 156 2 Os grandes centros do Senhor, os Seus próprios instrumentos, devem estar livres de toda dívida. Todos os anos, muitos dólares estão sendo tragados pelos juros de dívidas. Se todo esse dinheiro fosse usado para liqüidar o principal, não estaria a dívida roendo, roendo, sempre roendo. É uma atitude muito deficiente e infeliz a de entrar em dívidas. Se o dinheiro necessário para a construção pudesse primeiro ser acumulado, por tenazes esforços, e a igreja dedicada livre de dívidas, quanto melhor seria. Oh, não tornaremos nós uma regra, ao construirmos uma casa para o Senhor, fazer sinceros e fervorosos esforços para que esta Lhe seja dedicada livre de dívidas? [...] CM 156 3 O Senhor me mostrou que não há necessidade de deixar dívidas sobre nossas casas de culto, na Austrália ou na Nova Zelândia. Uma dívida, em cada caso, significa negligência das coisas especiais e sagradas de Deus; pois o egoísmo, as coisas comuns, são postos em primeiro lugar e se tornam todo-absorventes. [...] Ao tabernáculo de Deus deve-se demonstrar a mais elevada honra. Qualquer outra consideração deve ocupar o segundo lugar. Devem as nossas idéias ser elevadas, enobrecidas e santificadas. Por causa dos filhos, dos parentes e amigos, têm os pais condescendido com a mundanidade e a cobiça. Tem-se usado dinheiro quando e onde não podia honrar a Deus, onde tem causado positivo dano. Liberalmente têm-se dado presentes aos filhos, parentes e amigos, enquanto que as dádivas feitas àquilo que o Senhor honra, têm sido diminuídas e limitadas tanto no valor como na freqüência. [...] CM 156 4 A abnegação e a hipoteca de igrejas -- A pergunta-padrão que todo cristão deve fazer a si mesmo é: Tenho eu, no íntimo de meu coração, amor a Jesus? Amo a Seu tabernáculo? [...] É meu amor a Deus e ao meu Redentor tão forte que me leve a negar ao eu? Quando vem a tentação de condescender com a satisfação e o prazer egoísta não devo eu dizer: Não gastarei um centavo para a minha satisfação própria enquanto a casa de Deus está sob hipoteca, ou sob a pressão da dívida? CM 157 1 Não deve Cristo ter a nossa primeira e mais elevada consideração? Não deve Ele exigir esse sinal de nosso respeito e lealdade? Essas mesmas coisas constituem a base da vida de nosso coração tanto no círculo familiar, como na vida da igreja. Se o coração, as forças, a vida, forem inteiramente submissos a Deus, se o afeto for dedicado completamente a Ele, tornareis a Deus supremo em todo o vosso serviço. O resultado será terdes um senso do que significa participar com Jesus da sagrada firma. O edifício erigido para o culto a Deus não será deixado aleijado por débito. Quase parecerá uma negação de vossa fé permitir tal coisa. -- Carta 52, 1897. CM 157 2 Igrejas endividadas são uma desonra a Deus -- É uma desonra a Deus estarem nossas igrejas sobrecarregadas de dívidas. Tal estado de coisa não precisa existir. Do começo até o fim revela administração errada, e é uma desonra ao Deus do Céu. Lede e estudai com oração o quarto capítulo de Zacarias. Então lede o primeiro capítulo de Ageu, e vede se tal representação não se aplica a vós. Enquanto muito tendes pensado em vós mesmos e nos vossos próprios interesses, ou tendes negligenciado levantar-vos e construir, ou tendes construído com dinheiro emprestado, não fizestes donativos para libertar de dívidas os edifícios de igreja. Considerareis o que é vosso dever fazer? Ano após ano se vai, e muito pouco sacrifício se faz para diminuir a dívida. Os juros tragam os meios que deveriam ser usados para pagar o capital. CM 157 3 Por que permanecem as dívidas -- Servos negligentes, é a acusação que Deus faz aos que estão nas igrejas. Não se faz Sua vontade quando se deixa que as coisas sagradas permaneçam numa condição de abandono e negligência. O sacrifício próprio, a abnegação em cada igreja mudaria a ordem das coisas. "Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos." Quando esse ouro e prata são usados para fins egoístas, para satisfazer a ambição, o orgulho, ou a condescendência egoísta, como se tem feito, Deus é desonrado. CM 157 4 Poderão os que são homens representativos estar tão profundamente adormecidos que não compreendam que o estado de coisas existente resulta de negligência de sua parte? Quando o povo escolhido por Deus embeleza suas próprias casas, e emprega o dinheiro de Deus em [...] várias coisas, para a satisfação do eu, sabendo que esses mesmos meios assim usados deveriam ser empregados para conservar a casa de Deus nas melhores condições, a fim de que nenhum fundo seja tirado do tesouro para custear as despesas, não pode ser abençoado. CM 158 1 Tenho uma mensagem do Senhor. Devem as igrejas despertar de seu torpor e pensar nessas coisas. "Minha é a prata, e Meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos." Estamos nós, como famílias, apropriando-nos da prata e do ouro do Senhor para fins egoístas, nada fazendo para aliviar a dívida de Sua casa? As igrejas estão sobrecarregadas de dívidas não porque delas lhes seja impossível libertar-se, mas devido à condescendência egoísta da parte dos membros. Deus é desonrado com essa negligência, e se Ele vos restringir os recursos, não sejais cegos quanto à causa. Quando puserdes o Senhor em primeiro lugar, e reconhecerdes que a casa do Senhor é desonrada pela dívida, Deus vos abençoará. -- Manuscrito 116, 1897. CM 158 2 Necessidade de conselho e cooperação -- Prezado Irmão: Em todos os atos que praticardes, precisais saber que estais agindo de tal maneira que não seguireis ao vosso próprio juízo, mas ao conselho unido de vossos irmãos. Fracassastes nesta obra, trabalhando independentemente demais. [...] Podeis tomar dinheiro emprestado. Mas tendes levado vossos irmãos constantemente convosco em vossos planos de construção? Tende-vos posto lado a lado com eles, e eles convosco? [...] Não se deve permitir que a mente e o juízo de um homem se tornem regra em todos os casos em que se trata da construção de uma igreja. Abrange todo membro da igreja que possa levar responsabilidades, e o pastor não é o único homem que deve fazer essa obra. [...] Essa é a lição que deveis aprender: buscar o parecer e o julgamento de vossos irmãos e não avançar sem sua opinião, conselho e cooperação. -- Carta 49, 1900. CM 158 3 Uma inescusável frouxidão -- Foi-me apresentada a frouxidão com que muitas igrejas têm incorrido em dívidas e continuado em dívida. Em alguns casos, recai sobre a igreja um débito constante, devendo ser pagos juros contínuos. Tais coisas não devem nem precisam acontecer. Se houver aquela sabedoria, tato e zelo manifestos pelo Mestre, que Deus requer de cada um de Seus servos, haverá uma mudança nessas coisas. A dívida será saldada. A abnegação e o sacrifício próprio operarão maravilhas no sentido de promover a espiritualidade da igreja. Cada membro da igreja faça alguma coisa. Impressionem-se os adoradores, de maneira incisiva, quanto à necessidade de cada um desempenhar a sua parte. CM 158 4 O colégio e a igreja de _____ não precisam estar sobrecarregados de dívidas como estão. Revela isso insensata mordomia. Deus exige abnegação. Ele pede ofertas dos que podem dar, e até mesmo os membros mais pobres podem fazer sua pequenina parte. E quando houver vontade de fazê-lo Deus abrirá o caminho. Mas o Senhor não Se agrada da administração. Não é Seu desígnio que Sua causa seja entravada pela dívida. CM 158 5 A abnegação habilitará os que nada fizeram no passado a fazer algo tangível, a demonstrar que crêem nos ensinos da Palavra, que crêem na verdade para este tempo. Velhos e jovens, pais e filhos, devem todos demonstrar sua fé pelas obras. A fé se aperfeiçoa pelas obras. Estamos nas próprias cenas finais da história da Terra, no entanto poucos há que o reconhecem, porque o mundo se interpôs entre Deus e a pessoa. -- Carta 81, 1897. CM 159 1 Construindo a igreja e escola em Avondale -- Tempos há em que muito se ganha pelo esforço unido, rápido e persistente. Fora designado o tempo para a abertura de nossa escola; mas nossos irmãos, nas colônias, estavam esperando adiamento. Por muito tempo haviam esperado que se abrisse a escola, e estavam desanimados. Ainda havia muito trabalho a fazer nos edifícios, e nossos recursos estavam esgotados. Disseram, pois, os construtores que não se podia fazer a obra no tempo determinado. Mas nós dissemos que não devia haver mais delongas. A escola deveria abrir-se no tempo determinado, de modo que expusemos a questão à igreja e pedimos voluntários. Trinta homens e mulheres se ofereceram para o trabalho, e embora lhes fosse difícil dispor de tempo, um grande grupo continuou no trabalho dia após dia, até os edifícios serem terminados, limpados e mobiliados, estarem prontos para serem usados no dia estabelecido para o início das aulas. CM 159 2 Ao chegar o tempo de construir a casa de culto, houve nova prova de fé e lealdade. Tivemos uma reunião para considerar o que se devia fazer. O caminho parecia cercado de dificuldades. Alguns disseram: "Concluí um pequeno edifício, e quando entrar dinheiro, aumentai-o; pois é possível que não possamos completar neste tempo uma casa como a que desejamos." Outros disseram: "Esperai até que tenhamos dinheiro para construir uma casa cômoda." Era isso que nós pensávamos fazer; mas me veio a palavra do Senhor, no período noturno: "Levanta-te, e edifica sem demora." CM 159 3 Decidimos então lançar mão da obra e andar pela fé para fazer um começo. Logo na noite seguinte, chegou da África do Sul uma ordem de pagamento de duzentas libras. Era isso uma dádiva do irmão e da irmã Lindsay, da Cidade do Cabo, para nos ajudar a construir a casa de culto. Nossa fé fora provada, nós havíamos decidido começar a obra, e o Senhor, agora, punha em nossas mãos essa grande dádiva, com a qual poderíamos começar. CM 159 4 Com esse encorajamento, a obra foi começada com afinco. A junta escolar deu o terreno e cem libras. Duzentas libras foram recebidas da união, e os membros da igreja deram o que podiam. Amigos que não pertenciam à igreja ajudaram, e os edificadores deram uma parte do tempo, o que equivalia a dinheiro. CM 159 5 Assim foi a obra completada, e nós temos esta bela casa, capaz de acomodar quatrocentas pessoas assentadas. Damos graças ao Senhor por esta casa na qual O podemos adorar. Ele conhece todas as aperturas por que passamos. Ao se levantarem dificuldades, o Pastor Haskell, que superintendia o trabalho, reunia os obreiros, e fervorosamente oravam pedindo a bênção de Deus sobre eles e sobre o trabalho. O Senhor ouviu as orações, e a casa foi terminada dentro de sete semanas. -- The Review and Herald, 1 de Novembro de 1898. ------------------------Capítulo 52 -- Evitando dívidas institucionais CM 160 1 Deus não quer que Sua obra esteja continuamente embaraçada com dívidas. Quando parece desejável aumentar os edifícios ou outras facilidades de uma instituição, cuidai para não irdes além dos recursos que tendes. É melhor adiardes os melhoramentos, até que a providência abra o caminho para que estes sejam feitos sem que tenhais de contrair pesadas dívidas e pagar juros. CM 160 2 Nosso povo tem feito das casas publicadoras um lugar de depósito, e tem sido, assim, habilitado a fornecer recursos para sustentar ramos da obra em diferentes campos, e ajudado a levar avante outros empreendimentos. Isso é bom. Não é demais o que se tem feito nesse sentido. O Senhor vê tudo isso. Mas, pela luz que Ele me deu, todo esforço deve ser feito para ficarmos livres de dívidas. CM 160 3 Na casa publicadora -- A obra de publicação foi fundada com abnegação, e deve ser realizada sob princípios de estrita economia. A questão financeira poderá ser manobrada se, quando houver carência de meios, consentirem os obreiros na redução de seu salário. É esse o princípio que o Senhor me revelou dever ser levado às nossas instituições. Quando há escassez de meios, devemos estar dispostos a restringir nossas necessidades. CM 160 4 Dê-se o devido valor às publicações, e então estudem todos os que estão em nossas casas publicadoras como economizar de toda maneira possível, mesmo que haja, assim, consideráveis inconvenientes. Cuidai dos pequenos gastos. Estancai todo vazamento. São as pequenas perdas que se fazem sentir pesadamente, afinal. Reuni os fragmentos; nada se perca. Não desperdiceis os minutos em conversas; os minutos perdidos estragam as horas. Perseverante diligência, trabalhar com fé, sempre serão coroados de êxito. Pensam alguns rebaixar-lhe a dignidade cuidar de coisas pequenas. CM 160 5 Pensam ser isso indício de uma mente estreita, de espírito tacanho. Mas os pequenos vazamentos têm afundado muito navio. Coisa alguma que serviria para atender a necessidade de alguém deve-se permitir que se perca. A falta de economia certamente trará dívida às nossas instituições. Embora se receba muito dinheiro, ele se perderá nos pequenos desperdícios de cada ramo da obra. A economia não é avareza. CM 161 1 Todo homem ou mulher empregado na casa publicadora deve ser fiel sentinela, cuidando de que nada se perca. Devem todos precaver-se contra supostas necessidades que exigem dispêndio de meios. Alguns homens vivem melhor com quatrocentos dólares por ano, do que outros com oitocentos. O mesmo se dá com as nossas instituições; algumas pessoas podem dirigir com muito menos capital do que outras. Deus quer que todos os obreiros pratiquem a economia, e especialmente que sejam fiéis contabilistas. -- Testimonies for the Church 7:206, 207. CM 161 2 Evitar despesas por meio de cuidadosa administração do sanatório -- Precisam os que estão ligados às nossas instituições estudar como evitar despesas, para que as nossas instituições não se envolvam em dívidas. Deve-se mostrar sabedoria no que tange a compras. Deve-se fazer com que o dinheiro vá o mais longe possível. Com uma cuidadosa administração pode-se economizar muito dinheiro. CM 161 3 Não se devem fazer gastos a menos que possam estes ser garantidos pelos meios disponíveis. Há os que estão ligados às nossas instituições e que incorrem em dívidas que poderiam ser evitadas. Talvez se realize desnecessária despesa para embelezar o edifício. Freqüentemente é o dinheiro usado para satisfazer o gosto e a inclinação. CM 161 4 Todo obreiro deve ser um produtor -- Esforce-se cada qual agora com ânimo e atividade por economizar em vez de gastar. Dizei aos que desejam consumir sem produzir: é meu dever economizar em todos os sentidos. Não posso incentivar a extravagância. Não posso deixar que os meios me escapem das mãos para comprar o que não é necessário. CM 161 5 Desde o maior até o menor, devem os obreiros de Deus aprender a economizar. Diga cada um a si mesmo: Devo refrear qualquer inclinação que em mim haja para gastar os recursos desnecessariamente. Sejam todos os que trabalham no serviço de Deus tanto produtores como consumidores. Vede a grandeza da obra, e restringi a inclinação anticristã de gastar dinheiro para a satisfação própria. Avaliai o custo daquilo que desejais comprar. CM 161 6 É esta uma excelente oportunidade de cada um ficar com seu quinhão e em seu lugar. Devem todos esforçar-se por produzir alguma coisa. Os que estão na obra de Deus devem sentir-se desejosos de ajudar onde quer que haja necessidade de auxílio. Devem tornar seus gastos os menores que for possível, pois aparecerão necessidades em que se precisará de cada dólar para levar avante a obra do Senhor. CM 161 7 O emprego de auxiliares, para o trabalho interno e o externo, é um assunto que exige cuidadosa consideração. Os dirigentes de nossas instituições precisam ser cuidadosos e prudentes. Não devem empregar grande número de funcionários, a menos que haja positiva necessidade. Nessa questão, freqüentemente se cometem erros. CM 162 1 Os empregados fazem parte da firma -- Devem os funcionários de nossas instituições agir como se fossem parte da firma. Não devem pensar que apenas precisam trabalhar durante certo número de horas, cada dia. Em casos de emergência, em que há necessidade de auxílio extra, devem atender voluntária e alegremente. Devem ter profundo interesse pelo êxito da instituição em que trabalham. Assim, outros são incentivados a trabalhar interessada e conscienciosamente. CM 162 2 Cristo disse: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." Devem todos os que desempenham uma parte qualquer em nossas instituições dar ouvidos a essa instrução. Cuide de que não haja desperdício das bênçãos espirituais e temporais que o Senhor provê. Devem os educadores aprender a fazer economia e ensiná-la aos auxiliares. E por preceito e pelo exemplo, devem os pais ensinar aos filhos a ciência de fazer com que uma quantia dure o máximo possível. Muitas famílias são pobres porque gastam o dinheiro logo que o recebem. CM 162 3 Deve quem ocupa a posição de cozinheiro num sanatório ser ensinado a manter o hábito da economia. Precisa reconhecer que nenhum alimento deve ser desperdiçado. CM 162 4 "Não sejais vagarosos no cuidado" -- Diz-nos a palavra da inspiração: "Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Todos os que estão ligados aos nossos sanatórios lancem-se ao trabalho com interesse e fervor. Se os auxiliares ainda não aprenderam a ciência de serem ligeiros, comecem imediatamente a se exercitar nesse sentido, ou consintam em que seu salário seja proporcional à quantidade de trabalho feito. Devem as enfermeiras e funcionários tornar-se cada dia mais eficientes, mais versados em todos os pormenores da sua profissão e mais serviçais. Podem ajudar-se individualmente a atingir uma norma cada vez mais elevada como a mão ajudadora do Senhor. Aqueles que são por natureza vagarosos exercitem-se dia a dia para poderem fazer seu trabalho com maior rapidez, e, ao mesmo tempo com todo cuidado. [...] CM 162 5 Os que recebem salário por seu trabalho devem empregar bem o tempo. Devem ser produtores tanto quanto consumidores. Ao obterem educação nesse sentido, tornar-se-ão cada vez mais habilitados a realizar com perfeição a obra que lhes foi designada. Estarão prontos para executar o trabalho em qualquer lugar. -- Carta 87, 1901. CM 162 6 Economia na administração da escola -- Devemos praticar a economia em todos os sentidos para conservar-nos flutuando, e não nos submergirmos nas dívidas; mas deve haver um aumento na taxa escolar. Isso me foi apresentado enquanto estava na Europa e desde então tem sido apresentado a vós e a nossas escolas. E o problema, "como se conservarem nossas escolas livres de dívidas?" sempre será um problema até que haja cálculos mais sábios. Cobrai um preço mais elevado pelas vantagens educacionais dos alunos e ponde na administração da cozinha pessoas que saibam poupar e economizar. Consiga-se o melhor talento, mesmo que se tenha de pagar bom e razoável salário. É essencial o total aproveitamento. Atendidas essas precauções, as dívidas não estarão sempre aumentando em vossas escolas. [...] CM 163 1 Os alunos devem cooperar -- Alguns dirão: "Teremos menos alunos." Pode ser; mas os que tiverdes valorizarão o tempo, e verão a necessidade de trabalho diligente para se qualificarem para os cargos que devem preencher. Se o Senhor for sempre colocado diante dos alunos como Aquele a quem devem procurar em busca de conselho, como fez Daniel, dEle receberão conhecimento e sabedoria. Tornar-se-ão todos, então, condutos de luz. Ponde a questão diante dos próprios estudantes. Perguntai quais deles porão em prática a abnegação e se sacrificarão para cancelar as dívidas já contraídas. Para alguns estudantes apenas há necessidade de um espírito voluntário. CM 163 2 Que Deus ajude os administradores de nossas escolas a nunca permitirem que as saídas excedam as entradas, mesmo que a escola tenha de ser fechada. Não tem havido aquele talento de que se necessita na administração financeira de nossas escolas. Essas coisas Deus requererá dos dirigentes. Todo hábito inútil e dispendioso deve ser posto de lado, toda condescendência desnecessária deve ser suprimida. Quando os princípios tão manifestamente indicados pela Palavra de Deus a todas as escolas, forem seguidos tão fervorosamente como deviam ser, não haverá acúmulo de dívidas. -- Carta 137, 1898. CM 163 3 Protegendo as finanças da escola -- O diretor de uma escola deve cuidar especialmente das finanças da instituição. Deve compreender os princípios básicos de contabilidade. Deve relatar cuidadosamente o emprego de todo o dinheiro que passe pelas suas mãos para o uso da escola. Não devem os fundos da escola ser retirados, mas se deve fazer todo esforço para aumentar a utilidade da escola. Aqueles a quem foi confiada a administração das finanças de nossas instituições educacionais não devem permitir nenhum descuido no dispêndio dos meios. Tudo o que se relacione com as finanças de nossas escolas deve ser perfeitamente correto. Os métodos de Deus devem ser estritamente seguidos, embora isso não esteja em harmonia com os métodos dos homens. [...] CM 163 4 Se fordes tentados a empregar o dinheiro que entra em nossas escolas de maneira que nenhum benefício especial lhes traga, vossa norma de princípios precisa ser cuidadosamente criticada, para que não chegue o tempo em que tenhais de ser criticado e achado em falta. Quem é o vosso guarda-livro? Quem é o vosso tesoureiro? Quem é o vosso gerente financeiro? São cuidadosos e competentes? Vede isto. É possível ser o dinheiro mal-empregado, sem que alguém entenda claramente como isso veio a acontecer; e é possível uma escola estar continuamente perdendo, devido a gastos nada sensatos. Podem as pessoas encarregadas sentir agudamente essa perda e ainda supor que fizeram o melhor que podiam. Mas por que permitem que as dívidas se acumulem? Verifiquem cada mês os responsáveis por uma escola a sua verdadeira situação financeira. -- Manuscrito 65, 1906. CM 164 1 Evitar a dívida como quem evita a lepra -- Deve-se exercer economia em tudo o que se relacione com a escola. Geralmente os que vêm para a escola saem de lares modestos, onde se acostumaram a comer alimento simples, sem muitas variedades de pratos. Estão acostumados a tomar ao meio-dia alimento simples e abundante. À noite, porém, seria melhor tomar apenas uma refeição simples. Deve-se ter em estrita consideração a economia, senão se incorrerá em pesadas dívidas. Conservai-vos dentro dos limites. Evitai contrair dívidas assim como evitaríeis a lepra. -- Carta 60, 1896. ------------------------Capítulo 53 -- Deixando de avaliar o custo CM 165 1 Há homens que não agem com sabedoria. Estão ansiosos por ter grande aparência. Pensam que a exibição lhes dará influência. Em seu trabalho, não se assentam primeiro para avaliar o custo, para ver se são capazes de terminar o que começaram. Mostram assim sua fraqueza. Mostram que muito têm a aprender quanto à necessidade de agirem cuidadosa e cautelosamente. Em sua confiança própria, cometem muitos erros. Assim alguns têm tido um prejuízo do qual jamais se recuperarão. CM 165 2 Isso se tem dado com várias pessoas que se julgam competentes para fundar e dirigir sanatórios. Sobrevém-lhes o fracasso, e quando se vêem envolvidas em dívidas, pedem à Associação Médico-Missionária que receba a instituição e assuma suas responsabilidades. [...] Prejudica à Associação Médico-Missionária encampar tantos sanatórios falidos. Comecem os que têm dirigido esses sanatórios e que têm andado por falsos caminhos, a pensar sensatamente. Que nenhum fracasso se escreva a seu respeito. Isso estraga o ânimo dos homens bons. CM 165 3 Homens que poderiam ter feito bem se tivessem se consagrado a Deus, se estivessem dispostos a trabalhar de maneira humilde, aumentando gradualmente seus negócios, e recusando entrar em dívidas, fracassam porque não têm trabalhado de maneira correta. E depois de terem caído em dificuldades ficam desmoralizados, tornando-se incompetentes para administrar. Desejavam libertar-se da pressão financeira e não pararam para pensar nos resultados posteriores. CM 165 4 Os que os ajudam a sair da dificuldade são tentados a ligá-los com peias tão fortes na forma de compromissos, que daí por diante sentem que estão escravizados. Raras vezes conseguem ressarcir-se da reputação de má administração e fracasso. CM 165 5 Aos que assim se acham envolvidos em dívidas, fui instruída a dizer: não desanimeis se estiverdes agindo na direção certa. Trabalhai com todas as forças para aliviar vós mesmos a situação. Não lanceis uma instituição cheia de embaraços sobre uma associação que já está pesadamente sobrecarregada de dívidas. É melhor cada sanatório assumir sua própria responsabilidade. Os que estão encarregados de cuidar de nossos sanatórios devem agir com cautela. Tempos há em que pouco aumento verão. Procedam eles com sabedoria, tato e adaptação. Estudem e ponham em prática a instrução que Cristo deu quanto à construção de uma torre. Vale mais prevenir do que remediar -- quando se vê claramente que a negligência de um cálculo sensato e de uma gestão cuidadosa resulta em fracasso. Os dirigentes que são negligentes, que não sabem gerir, devem ser afastados da obra. Obtende o serviço de homens e mulheres que sabem ater-se ao orçamento, para que a obra não se desfaça. CM 166 1 Todos os que estão ligados às nossas instituições, humilhem-se diante de Deus. Peçam-Lhe que os ajude a planejar com tanta sabedoria, de maneira tão econômica, que as instituições se arraiguem firmemente e dêem fruto para a glória de Deus. Não confieis em homens. Olhai a Jesus. Continuai perseverantemente em oração e vigiai em oração com ações de graças. Certificai-vos de que estais em íntima ligação com Cristo. -- Carta 199, 1901. CM 166 2 Débito devido a construir demais -- Irmão _____, não é muito sábio meter-se em dívidas. Sois um homem sensato e não necessitais desta advertência. A dívida é um jugo -- um jugo que prende e mortifica. Não seria sensato comprar outro lugar perto de _____. Tendes sido oprimido quase além da medida no esforço de construir e equipar o Sanatório de _____. Teria sido mais sensato fazer a construção menor. Sempre tenho pensado que teria sido melhor diminuir os planos de construção ainda mais do que o foram, e então, ao entrarem os meios, e se for necessário mais lugar, poderá o edifício ser aumentado. Custaria muito menos mobiliar um edifício menor. -- Carta 158, 1902. CM 166 3 Em problemas devido a erro de cálculo -- Se andarmos segundo o conselho do Senhor, teremos a oportunidade de comprar para sanatório, a preço razoável, propriedades em que já haja edifícios que possam ser utilizados, e em que o terreno já esteja embelezado com árvores ornamentais. Muitos desses lugares têm-me sido apresentados. Tenho sido instruída de que as ofertas liberais feitas nesses lugares devem ser cuidadosamente consideradas. [...] CM 166 4 Contudo, pode às vezes ser necessário escolher um local em que ainda não se fez melhoramentos e onde não se construiu nenhum edifício. Em tal caso, devemos ter o cuidado de não escolher um lugar que necessariamente exija grande dispêndio de meios para fazer os melhoramentos. Devido à falta de experiência e a erro de cálculo, podemos cair na armadilha de incorrer em grandes débitos, por custarem os edifícios e melhoramentos duas ou três vezes mais do que foi calculado. -- Manuscrito 114, 1902. CM 166 5 Contar com dinheiro apenas em perspectiva -- Devem o diretor e o gerente financeiro trabalhar unidos. Deve o gerente financeiro cuidar de que os gastos não excedam as entradas. Deve ele saber se há algo de que possa depender, para que a obra aqui não seja sobrecarregada de dívidas como em Battle Creek. As condições que ali existem jamais precisavam ter existido. É o resultado de homens não estarem sob a direção de Deus. Quando os homens obedecem às ordens de Deus, o trabalho se processa harmoniosamente, mas quando homens de temperamento forte, que não são controlados por Deus, são colocados em posições de responsabilidade na obra, a causa corre perigo; pois o seu temperamento forte os leva a usar dinheiro que está apenas em perspectiva. -- Manuscrito 106, 1899. CM 167 1 Empreendimentos prematuros sem sábio conselho -- Requer-se talento especial para iniciar um sanatório e colocá-lo em condições de funcionar, mesmo que o empreendimento seja particular. Antes de iniciar tal empreendimento, devem nossos irmãos pedir conselho de sábios conselheiros -- deve ser planejado; mas deve ser planejado de maneira correta. Se fossem iniciados empreendimentos que se demonstrariam um fracasso, falhassem os homens que tomam sobre si a responsabilidade do trabalho, e seria muito difícil desfazer a impressão que assim se faz contra a verdade. CM 167 2 Todo aquele que tenha em vista iniciar um sanatório, deve consultar aos seus irmãos, que têm a responsabilidade da obra nos campos de perto e de longe. Não devemos permitir que nossa obra médica nas cidades exerça qualquer impressão que não seja a de que Deus é o nosso líder e a nossa defesa. [...] CM 167 3 Aos nossos irmãos de todas as partes fui instruída a dizer: sejam os empreendimentos já iniciados em campos necessitados considerados antes de se iniciarem novos empreendimentos, para que um grande fardo de dívidas não pese sobre nosso povo. -- Carta 5, 1905. ------------------------Capítulo 54 -- Avançando com fé CM 168 1 Nem sempre deve ser considerado mais sábio o plano de não empreender coisa alguma que exija gastos elevados, sem ter à disposição o dinheiro necessário para terminar o empreendimento. Na edificação de Sua obra, nem sempre esclarece o Senhor todas as coisas para os Seus servos. Fazendo-os avançar pela fé, Ele algumas vezes prova a confiança de Seu povo. Freqüentemente põe-no em situações difíceis e críticas e o manda avançar quando já os seus pés parece tocarem as águas do Mar Vermelho. Em ocasiões tais, quando os Seus servos elevam orações a Ele com ardente fé, é que Ele lhes depara uma solução e os leva a lugares espaçosos. CM 168 2 O Senhor quer que neste tempo o Seu povo creia que por eles Ele fará grandes coisas, como fez pelos filhos de Israel na jornada do Egito para Canaã. Devemos manifestar fé consciente, que não vacile em seguir as instruções do Senhor nos momentos mais difíceis. "Avançai" é a ordem que Deus dá ao Seu povo. CM 168 3 A execução dos planos de Deus exige fé e alegre obediência. Quando Ele indica a necessidade de estabelecer a obra em lugares onde ela poderá exercer influência, deve o povo seguir e trabalhar pela fé. Por seu procedimento piedoso, humildade, orações e esforços fervorosos, deve lutar para induzir os homens a apreciarem a boa obra que o Senhor estabeleceu em seu meio. Deus pretendia que o sanatório de Loma Linda viesse a ser de propriedade de nosso povo; e executou-o num momento em que as torrentes de dificuldades eram impetuosas e transbordavam de seu leito. CM 168 4 A defesa de interesses particulares para alcançar finalidades pessoais é uma coisa. Nisso podem os homens seguir sua própria orientação. Mas o levar avante a obra do Senhor na Terra é assunto totalmente diverso. Ao indicar Ele que a compra de determinada propriedade é necessária para o avançamento de Sua causa e para a edificação de Sua obra, quer se trate de sanatórios, escola, ou outra instituição qualquer, Ele tornará possível a realização desse empreendimento se os que têm experiência mostrarem fé e confiança em Seus planos e agirem com presteza para aproveitar as vantagens que Deus lhes aponta. Embora não devamos buscar arrebatar a propriedade de ninguém, devemos, porém, quando são oferecidas vantagens, estar bem despertos para apreciá-las a fim de podermos fazer planos para a edificação da obra. E ao havermos feito isso, devemos empregar todas as nossas energias para obter do povo de Deus as ofertas voluntárias para a manutenção das novas instituições. -- Testemunhos Seletos 3:419, 420. CM 169 1 O perigo do extremismo -- É direito tomar dinheiro emprestado para levar avante uma obra que sabemos que Deus deseja ver realizada. Não devemos esperar demais, e tornar o trabalho muito mais árduo, porque não queremos tomar dinheiro emprestado. Têm-se cometido erros ao incorrer em dívida para fazer o que poderia ter esperado até um tempo qualquer no futuro. Mas há perigo em ir ao outro extremo. Não nos devemos colocar numa posição que ponha em perigo a saúde, e torne nosso trabalho fatigante. Devemos agir sensatamente. Devemos fazer o trabalho que precisa ser feito, mesmo que tenhamos de tomar dinheiro emprestado e de pagar juros. -- Carta 111, 1903. CM 169 2 Evitar erros de ambos os lados -- A questão que agora está diante de nós é: Deveríamos nós procurar conseguir os lugares que parecem desejáveis, tanto no preço como na localização, quando não podemos dizer de onde virá o dinheiro? Os irmãos _____, _____, e outros se opõem ao aumento de dívidas. Mas eu não estou preparada para dizer que não devemos, de modo algum, comprar uma terra para a qual o Senhor parece ter dirigido nossa mente, quando nenhum outro empecilho há senão a questão de dinheiro em mão, e cuja propriedade, na providência de Deus, logo poderíamos pagar. Devemos precaver-nos contra erros de ambos os lados. -- Carta 167, 1902. CM 169 3 Um breque nas rodas do progresso -- A idéia de que não se deve estabelecer um sanatório a menos que este possa ser iniciado livre de dívidas, tem sido um breque nas rodas do progresso. Ao construirmos casas de culto, temos tido de tomar dinheiro emprestado, para que algo possa ser feito imediatamente. Temos sido obrigados a fazê-lo, a fim de cumprir a orientação de Deus. Pessoas profundamente interessadas no progresso da obra têm tomado dinheiro emprestado e pago os juros dele, para ajudar a estabelecer escolas e sanatórios e para construir casas de culto. As instituições assim estabelecidas e as igrejas assim edificadas, têm sido o meio de ganhar muitos para a verdade. Dessa maneira tem aumentado o dízimo, e obreiros têm sido acrescentados à causa do Senhor. -- Carta 211, 1904. CM 169 4 Perda devido à falta de fé--Deus quer que o estandarte seja levantado cada vez mais alto. Não pode a igreja resumir sua tarefa sem negar seu Mestre. Devem-se construir casas de culto em muitos lugares. Será economia deixar de prover, em nossas cidades, lugares de adoração em que o Redentor Se possa encontrar com Seu povo? Não demos a impressão de que achamos ser uma despesa grande demais tomar as devidas providências para a recepção do Hóspede celestial. CM 170 1 Ao delinear planos para a construção, necessitamos da sabedoria de Deus. Não devemos incorrer, desnecessariamente, em dívidas, mas eu diria não ser necessário que, em todos os casos, o dinheiro de que se precisa para completar uma construção esteja nas mãos, antes de começar o trabalho. Freqüentemente, devemos avançar pela fé, trabalhando o mais diligentemente possível. É devido à falta de fé que deixamos de receber o cumprimento das promessas de Deus. Devemos trabalhar, orar e crer. Devemos avançar firme e diligentemente, confiando no Senhor, e dizendo: "Não fracassaremos nem nos desanimaremos". -- The Review and Herald, 7 de Setembro de 1905. ------------------------Capítulo 55 -- Palavras de um conselheiro divino CM 171 1 Faz algum tempo, numa visão noturna, encontrei-me em reuniões de concílio. Nessas reuniões, foram pronunciadas palavras que mais tinham de humanas que de divinas. Considerava-se a obra médica em _____. Propunham-se planos que, a não ser que fossem modificados, entravariam a obra e em nada aliviariam a situação. Pediu-se à Associação Geral que se comprometesse a levantar uma quantia nada inferior a vinte mil dólares, ou que se tornasse responsável por essa quantia, para estabelecer um sanatório em _____. Por se haver o Pastor _____ recusado a conseguir colocar essa obrigação adicional sobre a Associação Geral, foi ele severamente censurado por alguns. Mas, nas condições existentes, achou ser-lhe proibido pelo Senhor lançar esse fardo sobre a Associação. Honro o critério do Pastor _____ quanto a essa questão. [...] CM 171 2 Mas, voltando à reunião do concílio: Mais uma vez Aquele que há muito vem sendo o nosso Conselheiro, estava presente para nos dar a palavra do Senhor. Disse Ele: "O Senhor não seria glorificado ao colocardes um jugo de dívidas sobre a Associação Geral. De maneira especial tem Ele operado para tirar da cerviz de Seu povo os cerceadores jugos do débito que por tanto tempo têm usado. Não deve a Associação Geral trilhar outra vez a mesma vereda por eles palmilhada." [...] CM 171 3 Alguns ainda não aprenderam a lição que Cristo ensinou quanto à construção de uma torre. "Qual de vós", inquiriu Ele, "querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar." Esse conselho tem sido desatendido. CM 171 4 Quando os homens que estão em posição de responsabilidade têm tanta pressa em estabelecer alguma nova instituição inoportuna, a exibição feita não somente é contra os interesses da causa do Senhor, mas contra o interesse dos homens que, na sabedoria humana, têm procurado avançar depressa demais. Deus não é glorificado pelos que tentam ir mais depressa do que Ele dirige. O resultado é perplexidade, embaraço e tristeza. Não quer o Senhor que Seus representantes repitam esses erros; pois o registro passado de tais movimentos não O glorifica. -- Manuscrito 144, 1902. CM 172 1 Não permitir que os erros do passado se repitam -- Tem-se apoderado da mente de alguns, uma espécie de frenesi, que os leva a fazer o que absorveria os recursos sem qualquer perspectiva de posterior produção de meios. Houvesse esse dinheiro sido usado na maneira que o Senhor desejava que fosse, obreiros ter-se-iam levantado e se preparado para fazer a obra que deve ser feita antes da vinda do Senhor. A malversação de meios revela a necessidade da advertência do Senhor, de que Sua obra não deve ser cerceada por projetos humanos, de que ela deve ser feita de maneira que fortaleça Sua causa. CM 172 2 Trabalhando com planos errados, homens têm colocado dívida sobre a causa. Não permitais que isso se repita. Cautelosamente ajam os que estão à testa do trabalho, recusando enterrar a causa de Deus em dívida. Ninguém se mova negligente e descuidadamente, pensando, sem conhecimento de causa, que tudo irá bem. -- Testimonies for the Church 7:283, 284. CM 172 3 Resgatar as dívidas -- Deus determina que aprendamos lições dos fracassos do passado. Não Lhe agrada que Suas instituições sejam sobrecarregadas com dívidas. Chegamos ao tempo em que devemos caracterizar a obra pela recusa de construir grandes e dispendiosos edifícios. CM 172 4 Não devemos copiar os erros do passado, envolvendo-nos cada vez mais em dívidas. Devemos antes esforçar-nos por acabar com as dívidas que ainda restam em nossas instituições. Nossas igrejas podem ajudar nessa questão, se o desejarem. Aqueles membros a quem o Senhor tem dado recursos, podem investir seu dinheiro na causa, sem juros, ou a uma baixa taxa, e podem com suas ofertas voluntárias ajudar a sustentar o trabalho. O Senhor vos pede que Lhe devolvais alegremente uma parte dos bens que Ele vos emprestou, tornando-vos, assim, os Seus distribuidores de benefícios. -- The Review and Herald, 13 de Agosto de 1908. CM 172 5 Em tempo de reforma, virão os meios -- Sempre que se busca ao Senhor e há confissão dos pecados, sempre que se verifica uma reforma necessária, revelar-se-á unido zelo e fervor na restituição do que foi retido. Manifestará o Senhor o Seu amor perdoador, e virão recursos para cancelar os débitos de nossas instituições. -- Testimonies for the Church 8:89. ------------------------Capítulo 56 -- Confiado à honra dos homens CM 173 1 O único plano que o evangelho tem indicado para a manutenção da obra de Deus é o que deixa o sustento de Sua causa à honra de homens. Tendo em vista somente a glória de Deus, devem os homens dar-Lhe na proporção que Ele requer. Contemplando a cruz do Calvário, olhando para o Redentor do mundo, que por amor de nós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos, concluiremos não dever amontoar para nós mesmos tesouros na Terra, mas acrescentar tesouros no Céu, que nunca suspende o pagamento ou falha. O Senhor deu Jesus ao nosso mundo, e vem a pergunta: Que poderemos devolver a Deus, em dádivas e ofertas, para demonstrar nossa apreciação por Seu amor? "De graça recebestes, de graça dai." CM 173 2 Quão mais ansioso estará cada mordomo fiel de aumentar a proporção das dádivas a serem colocadas na casa do tesouro do Senhor, do que de diminuir suas ofertas um jota ou um til. A quem está ele servindo? Para quem está preparando uma oferta? -- Para Aquele de quem depende para alcançar cada boa coisa que desfruta. Que nenhum de nós, que está recebendo a graça de Cristo, dê ocasião aos anjos de se envergonharem de nós, e de que Jesus Se envergonhe de nos chamar irmãos. CM 173 3 Cultivar-se-á a ingratidão e se manifestará pela nossa prática mesquinha ao dar à causa de Deus? -- Não, não! Entreguemo-nos em sacrifício vivo, e entreguemo-nos inteiramente a Jesus. Somos Seus; somos Sua possessão adquirida. Todos aqueles que são recipientes de Sua graça, que contemplam a cruz do Calvário, não porão dúvida quanto à proporção em que devem dar, antes sentirão que a mais rica oferta é pobre demais, completamente desproporcional à grande dádiva do Filho unigênito do infinito Deus. Pela abnegação, até o mais pobre encontrará meios de obter algo para devolver a Deus. CM 173 4 Mordomia do tempo -- Tempo é dinheiro, e muitos estão desperdiçando o precioso tempo que poderia ser usado em trabalho útil, fazendo com suas mãos aquilo que é bom. O Senhor nunca dirá: "Bem está, servo bom e fiel", ao homem que não sujeitar ao máximo esforço as forças físicas que por Deus lhe têm sido emprestadas como preciosos talentos com os quais podem ganhar recursos, pelos quais os necessitados podem ser supridos e se podem fazer ofertas a Deus. CM 174 1 Não devem os ricos julgar que se podem contentar em dar meramente seu dinheiro. Têm talentos de capacidade, e devem estudar para se apresentarem a Deus aprovados, para serem ativos agentes espirituais na educação e preparo de seus filhos para ramos de utilidade. Não devem os pais e os filhos considerar-se deles mesmos, e julgar que podem dispor de seu tempo e propriedade como lhes apraz. São a possessão adquirida de Deus, e o Senhor exige o proveito de suas forças físicas, que devem ser empregadas para trazer proventos para o tesouro do Senhor. CM 174 2 A abnegação e a cruz -- Fossem extirpados os mil canais de egoísmo que agora existem, e os meios dirigidos para o canal certo, e grandes rendas fluiriam para a tesouraria. Muitos compram ídolos com o dinheiro que deve ir para a casa de Deus. Ninguém pode pôr em prática a verdadeira beneficência sem praticar a genuína abnegação. A abnegação e a cruz jazem diretamente na vereda de todo o cristão que verdadeiramente segue a Cristo. Jesus diz: "Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me." Considerará cada um o fato de que o discipulado cristão inclui a abnegação, o sacrifício próprio, até o ponto de depor a própria vida, se necessário for, por amor dAquele que deu Sua vida pela vida do mundo? CM 174 3 Os cristãos que vêem a Cristo na cruz, estão na obrigação para com Deus, devido ao infinito amor de Seu Filho, de nada reter do que possuem, por mais caro que isso lhes seja. Caso possuam algo que possa ser empregado para atrair alguém ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, não importando quão rica ou quão pobre ela seja, devem eles usá-lo livremente para esse fim. O Senhor emprega agentes humanos para serem colaboradores Seus na salvação de pecadores. CM 174 4 Todo o Céu está ativamente empenhado em proporcionar recursos por meio dos quais possa o conhecimento da verdade ser levado a todos os povos, nações e línguas. Se os que professam ser verdadeiramente convertidos, não deixarem sua luz brilhar para os outros, estarão negligenciando a execução das palavras de Cristo. CM 174 5 Não precisamos nos preocupar com repetir quanto se tem dado à causa de Deus, mas antes consideremos quanto tem sido sonegado ao Seu tesouro para ser dedicado à condescendência com o eu na busca de prazeres e satisfação própria. Não precisamos calcular quantos agentes têm sido enviados mas, ao contrário relembrar quantos têm fechado os olhos do seu entendimento, para não verem seu dever e ministrarem aos outros segundo as suas várias capacidades. CM 174 6 Quantos poderiam, agora, ser empregados, se houvesse meios no tesouro para mantê-los na obra! Quantos recursos poderiam ser usados para levar avante a obra de Deus, conforme a Sua providência abre o caminho! Centenas poderiam ser empregados no campo para fazer o bem, em vários ramos, mas ali não estão. Por quê? -- O egoísmo conserva-os em casa; amam a comodidade e por isso permanecem afastados da vinha do Senhor. Muitos gostariam de ir a regiões distantes, mas não há meios para levá-los, pois outros deixaram de fazer o que deviam ter feito. São estas as razões de alguns obreiros terem de avançar sobrecarregados como um carro sob os molhos, enquanto outros não levam carga nenhuma. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1896. CM 175 1 O dinheiro que poderia salvar uma pessoa -- O Senhor fez provisão para que todos possam ser alcançados pela mensagem da verdade, mas os meios colocados nas mãos de Seus mordomos justamente para esse fim, egoistamente têm sido dedicados a satisfazer a si mesmos. CM 175 2 Quanto tem sido impensadamente desperdiçado pelos nossos jovens, gasto em condescendência própria e na ostentação, com coisas sem as quais teriam sido igualmente tão felizes. Cada centavo que possuímos é do Senhor. Em vez de gastar os meios com coisas desnecessárias, devemos empregá-los em atender aos apelos do trabalho missionário. CM 175 3 Ao se abrirem novos campos, constantemente aumentam os pedidos de recursos. Se já houve um tempo em que necessitávamos exercer a economia, esse tempo é agora. Todos os que trabalham na causa, devem reconhecer a importância de seguir de perto o exemplo de abnegação e economia de Cristo. Devem ver nos meios com que estão lidando, um depósito que Deus lhes confiou, e se devem sentir na obrigação de exercer tato e habilidade financeira no uso do dinheiro de seu Senhor. Cada centavo deve ser cuidadosamente entesourado. Um centavo parece uma ninharia, mas cem centavos formam um dólar. E devidamente gastos podem ser o meio de levar a salvação a alguém. Se todos os meios que têm sido gastos por nosso povo na satisfação do eu, tivessem sido dedicados à causa de Deus, não haveria tesouros vazios, e se poderiam estabelecer missões em todas as partes do mundo. CM 175 4 Dispam-se agora os membros da igreja de seu orgulho e ponham de lado os seus ornamentos. Cada um deveria conservar à mão uma caixa missionária, e nela depositar cada centavo que é tentado a desperdiçar na condescendência própria. Mas se deve fazer algo mais que meramente dispensar as superfluidades. Deve-se pôr em prática a abnegação. Algumas das coisas confortáveis e desejáveis devem ser sacrificadas. Os pregadores devem aguçar sua mensagem, não somente atacando a condescendência e o orgulho no vestuário, mas apresentando Jesus, Sua vida de abnegação e sacrifício. Sejam o amor, a piedade e a fé alimentados no coração, e os preciosos frutos aparecerão na vida. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 293. ------------------------Capítulo 57 -- Palavras aos jovens CM 176 1 Muito se poderia dizer aos jovens quanto a seu privilégio de ajudar à causa de Deus aprendendo lições de economia e abnegação. Muitos pensam poder condescender com este e aquele prazer, e, para fazê-lo, acostumam-se a viver no máximo de suas receitas. Deus deseja que procedamos melhor a esse respeito. Pecamos contra nós mesmos quando nos satisfazemos com o suficiente para comer, beber e vestir. Deus tem algo mais elevado do que isso diante de nós. Quando estamos desejosos de pôr de lado os nossos desejos egoístas, e damos às faculdades do coração e da mente o trabalho da causa de Deus, agentes celestiais cooperam conosco, tornando-nos uma bênção para a humanidade. CM 176 2 Mesmo que seja pobre, pode o jovem operoso e econômico economizar um pouco para a causa de Deus. Quando eu tinha apenas doze anos de idade, já sabia o que era economizar. Com minha irmã aprendi uma arte, e ainda que ganhássemos apenas vinte e cinco centavos de dólar por dia, dessa quantia podíamos economizar um pouco para dar às missões. Pouco a pouco fomos economizando, até termos trinta dólares. Então, ao nos chegar a mensagem da breve volta do Senhor, com um pedido de homens e meios, achamos ser um privilégio entregar os trinta dólares a papai, pedindo-lhe que os empregasse em folhetos e panfletos, para enviar a mensagem aos que jaziam nas trevas. CM 176 3 É dever de todo aquele que está em contato com a obra de Deus aprender a economia no uso de tempo e do dinheiro. Os que condescendem com a ociosidade revelam que pouca importância dão às gloriosas verdades a eles confiadas. Precisam ser educados no hábito da operosidade, e aprender a trabalhar tendo em vista somente a glória de Deus. CM 176 4 Negar o eu e aumentar o talento -- Os que não têm bom juízo no uso do tempo e do dinheiro, devem aconselhar-se com os que têm tido experiência. Com o dinheiro que ganhamos com nosso ofício, minha irmã e eu nos provemos de roupas. Costumávamos entregar nosso dinheiro a mamãe, dizendo: "Compre de tal maneira que depois de havermos pago nossas roupas, sobre alguma coisa para dar para o trabalho missionário." E ela assim fazia, encorajando-nos, desse modo, a manter um espírito missionário. CM 176 5 O dar que é fruto do espírito de abnegação, é um maravilhoso auxílio para o doador. Proporciona uma educação que nos habilita a compreender mais completamente a obra dAquele que andou fazendo o bem, aliviando o sofredor e suprindo as necessidades dos desamparados. O Salvador não viveu para agradar a Si mesmo. Não havia em Sua vida traço algum de egoísmo. -- The Youth's Instructor, 10 de Setembro de 1907. CM 177 1 Crianças podem aprender a ser abnegadas -- Enquanto os pais se estão sacrificando por amor ao avanço da causa de Deus, devem eles também ensinar aos filhos a participarem dessa obra. Podem as crianças aprender a demonstrar seu amor a Cristo negando a si mesmas desnecessárias bagatelas, com a compra das quais muito dinheiro lhes escapa por entre os dedos. Esse trabalho deve ser feito em cada família. Requer tato e método, mas será a melhor educação que as crianças possam receber. E se todas as criancinhas apresentassem suas ofertas ao Senhor, suas dádivas seriam quais pequenos regatos que, uma vez unidos e deixados a correr, aumentariam a ponto de se tornarem um rio. CM 177 2 O Senhor contempla com prazer as criancinhas que se privam para Lhe poderem dar uma oferta. Ele Se agradou da viúva que colocou duas moedinhas na arca do tesouro, porque ela deu com coração voluntário. O Senhor considerou seu sacrifício, ao dar tudo quanto possuía, de maior valor que as grandes dádivas dos ricos, que nenhum sacrifício haviam feito para poderem dar. Ele Se alegra quando os pequeninos estão desejosos de negar-se a si mesmos para se poderem tornar colaboradores dAquele que os amou, tomando-os em Seus braços e abençoando-os. -- The Review and Herald, 25 de Dezembro de 1900. CM 177 3 Conservar o registro das entradas e saídas -- No estudo dos números deve o trabalho ser prático. Que se ensine cada jovem e criança não simplesmente a resolver problemas imaginários, mas fazer com precisão as contas de seus próprios ganhos e gastos. Que aprendam o devido uso do dinheiro, usando-o. Quer seja suprido por seus pais, quer seja ganho por eles mesmos, aprendam os moços e as moças a escolher e comprar sua própria roupa, seus livros e outras coisas necessárias; e fazendo um registro de suas despesas aprenderão, como não o fariam de qualquer outra maneira, o valor e o uso do dinheiro. CM 177 4 Este ensino auxiliá-los-á a distinguir a verdadeira economia da mesquinhez, de um lado, e do outro, da prodigalidade. Devidamente orientado, incentivará hábitos de liberalidade. Auxiliará o jovem a aprender a dar, não por um mero impulso do momento, ao serem suscitados os seus sentimentos, mas a dar regular e sistematicamente. -- Educação, 238, 239. CM 177 5 Seguindo as sugestões de Satanás -- Como tem o inimigo conseguido colocar as coisas temporais acima das espirituais! Muitas famílias que pouco têm para dispensar à causa de Deus, ainda assim gastam dinheiro livremente para comprar ricas mobílias ou roupas da moda. Quanto é CM 178 1 gasto na mesa, e, freqüentemente, naquilo que é, apenas, prejudicial condescendência; quanto em presentes que a ninguém beneficiam! CM 178 2 Muitos gastam somas consideráveis com fotografias para darem aos amigos. O tirar fotografias é levado a extremos extravagantes, e incentiva uma espécie de idolatria. Quanto mais agradável a Deus seria se todos esses meios fossem empregados em publicações que conduzissem pessoas a Cristo e às preciosas verdades para este tempo! O dinheiro gasto em coisas desnecessárias supriria muita mesa com material de leitura sobre a verdade presente e que se demonstraria um cheiro de vida para a vida. CM 178 3 As sugestões de Satanás são executadas em muitas, muitas coisas. Nossos aniversários natalícios e festas de Natal e de Ações de Graça freqüentemente são devotados à satisfação do eu, quando a mente devia ser dirigida para a misericórdia e a amorável benignidade de Deus. Deus Se desagrada de que Sua bondade, Seu constante cuidado, Seu incessante amor não sejam trazidos à lembrança nessas ocasiões de aniversário. CM 178 4 Se todo o dinheiro usado extravagantemente, para coisas desnecessárias, fosse colocado no tesouro de Deus, veríamos homens, mulheres e jovens entregarem-se a Jesus e fazerem sua parte para cooperar com Cristo e os anjos. As mais ricas bênçãos de Deus adviriam às nossas igrejas, e muitas pessoas se converteriam à verdade. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1890. CM 178 5 Aniversários e feriados -- Devem os pais criar, educar, e treinar os filhos no hábito do domínio próprio e da abnegação. Devem conservar sempre diante deles sua obrigação de obedecer à Palavra de Deus e viver com o propósito de servir a Jesus. Devem ensinar aos filhos que há necessidade de viver de acordo com hábitos simples, em sua vida diária, e que devem evitar vestuário dispendioso, regime alimentar muito caro, casas e mobílias dispendiosas. As condições sob as quais a vida eterna será nossa, são expressadas nestas palavras: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, [...] e ao teu próximo como a ti mesmo." CM 178 6 Não têm os pais ensinado aos filhos os preceitos da lei, como Deus lhes ordenou. Têm-nos educado em hábitos egoístas. Têm-lhes ensinado a considerar seus aniversários e feriados como ocasiões em que esperam receber presentes, e a seguir os hábitos e costumes do mundo. Essas ocasiões, que deveriam servir para aumentar o conhecimento de Deus e despertar no coração a gratidão pela Sua misericórdia e amor em lhes preservar a vida durante outro ano são transformadas em ocasiões para agradar a si mesmos, para a satisfação e glorificação dos filhos. Têm eles sido guardados pelo poder de Deus em cada momento de sua vida. E ainda assim os pais não ensinam aos filhos a pensar nisso, e a dar ações de graças pela Sua misericórdia para com eles. CM 178 7 Houvessem as crianças e os jovens sido devidamente instruídos nesta época do mundo, que honra, que louvor e ações de graças fluir-lhes-iam dos lábios para Deus! Que fluxo de pequeninas dádivas seria trazido das mãos dos pequeninos para ser posto em Seu tesouro como ofertas de gratidão! Deus seria lembrado, em vez de esquecido. CM 179 1 Não somente nos aniversários devem pais e filhos lembrar-se das misericórdias do Senhor de uma maneira especial, mas também devem o Natal e o Ano Novo ser ocasiões em que toda a casa se deve lembrar do seu Criador e Redentor. Em vez de dedicar dádivas e ofertas com tanta abundância a objetos humanos, reverência, honra e gratidão devem ser prestadas a Deus, fazendo-se com que dádivas e ofertas fluam para o conduto divino. Não Se agradaria o Senhor de que dEle nos lembrássemos assim? Oh, como Deus tem sido esquecido nessas ocasiões! [...] CM 179 2 Quando tiverdes um feriado, tornai-o um dia agradável e feliz para vossos filhos, e também um dia agradável para os pobres e os aflitos. Não deixeis que o dia passe sem trazerdes ofertas de ações de graças e gratidão a Jesus. Envidem agora pais e filhos sincero esforço para remir o tempo, e corrigir a negligência passada. Sigam eles um procedimento diferente daquele que o mundo segue. CM 179 3 Há muitas coisas que podem ser ideadas com gosto e custam muito menos que os presentes desnecessários tão freqüentemente dados aos nossos filhos e parentes, demonstrando assim cortesia, e trazendo felicidade ao lar. Podeis ensinar a vossos filhos uma lição, enquanto lhes explicais a razão de terdes feito uma mudança no valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que até aí havíeis tomado mais em consideração o prazer deles do que a glória de Deus. Dizei-lhes que tendes pensado mais em vosso próprio prazer e na satisfação deles, e em vos conservardes em harmonia com os costumes e tradições do mundo, em dar presentes aos que deles não necessitam, do que em levar avante a causa de Deus. CM 179 4 Como os magos da antiguidade, podeis oferecer a Deus as vossas melhores dádivas, e demonstrar pelas ofertas que Lhe dais que apreciais a Sua Dádiva a um mundo pecador. Dirigi os pensamentos de vossos filhos para um novo e desinteressado canal, incentivando-os a dar a Deus ofertas pela dádiva do Seu Filho unigênito. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894. ------------------------Capítulo 58 -- Apelo à economia CM 180 1 Não deve haver extravagância na construção de belos lares, na compra de caras mobílias, na condescendência com vestuário mundano, ou na aquisição de alimentos extravagantes; antes, em tudo pensemos nas pessoas por quem Cristo morreu. Morram o egoísmo e o orgulho. Ninguém continue a despender dinheiro em multiplicar fotografias para mandar aos amigos. Economizemos cada centavo que possa ser poupado, a fim de que os incomparáveis encantos de Cristo sejam apresentados aos que perecem. CM 180 2 Satanás sugerirá muitas maneiras nas quais podeis gastar dinheiro. Mas se este for gasto para satisfazer o eu -- em coisas desnecessárias, por mais insignificante que for seu custo -- não é gasto para a glória de Deus. Consideremos bem essa questão, e vejamos se nos estamos negando como devíamos. Estamos nós fazendo sacrifício para podermos enviar a luz da verdade aos perdidos? [...] CM 180 3 Só deve haver um interesse na igreja, um desejo apenas deve dominar tudo, e esse é o desejo de nos transformarmos à imagem de Cristo. Deve cada um esforçar-se por fazer por Jesus tudo o que lhe for possível, seja no esforço pessoal, seja em dádivas ou em sacrifícios. Deve haver mantimento na casa do Senhor, e isso significa um tesouro repleto, a fim de que se possa atender aos clamores macedônicos que chegam de cada terra. Quão lamentável é sermos obrigados a dizer aos que clamam por auxílio: "Não vos podemos enviar nem homens nem dinheiro. Estamos com o tesouro vazio." CM 180 4 Sejam todos os centavos e notas perdidos para a causa devido ao amor egoísta, ao prazer, ao desejo de seguir as normas do mundo, ao amor à comodidade, dirigidos para o conduto que leva ao tesouro de Deus. São os regatos que, unindo-se finalmente formam o rio. Sejamos cristãos conscienciosos, sejamos cooperadores de Deus. [...] CM 180 5 Devem-se abrir novos campos de trabalho, pessoas devem ser acrescidas à fé, novos nomes aparecerão nos registros da igreja -- nomes que aparecerão nos registros imortais dos Céus. Oh, se pudéssemos reconhecer o que se poderia fazer com o dinheiro gasto em satisfazer ao eu! -- The Review and Herald, 27 de Janeiro de 1891. CM 180 6 Sócio de Deus -- A causa de Deus sempre tem exigências. Exige-se portanto, atividade da parte de todos, sejam eles da classe alta ou humilde, ricos ou pobres, para que a Deus possam ser dados os devidos juros, a fim de que haja "mantimento" em Sua casa e possam ser mantidos os servos que Ele chamou para fazerem a obra de comunicar a verdade a um mundo que perece. CM 181 1 Não somente requer Deus o dízimo, mas também que tudo o que temos seja usado para Sua glória. Não deve haver hábitos de desperdício; estamos lidando com a propriedade de Deus. Nenhuma centavo nos pertence. O desperdício de dinheiro em luxo priva o pobre dos recursos necessários para lhes suprir o alimento e o vestuário. O que é gasto em incensar o orgulho no vestuário, construções, mobílias e decorações aliviaria a miséria de muitas famílias infelizes e sofredoras. Devem os despenseiros servir aos necessitados. Esse é o fruto da religião pura e incontaminada. O Senhor condena os homens pela sua egoísta condescendência enquanto os seus semelhantes estão sofrendo, devido à falta de alimento e de vestuário. [...] CM 181 2 O Senhor apela a cada um de Seus filhos para que deixe a luz dos Céus -- a luz de Seu desinteressado amor -- brilhar em meio às trevas deste século degenerado. Se Ele vir que O reconheceis como o possuidor de vós mesmos e de todas as vossas posses, se vos vir usar os bens que vos foram confiados como fiéis despenseiros, registrará vosso nome nos livros do Céu como colaboradores Seus, sócios de Sua grande empresa, para trabalhardes em prol de vossos semelhantes. E tereis alegria no dia final, ao se ver que os meios sabiamente usados para ajudar a outrem, têm por vosso intermédio trazido ações de graças a Deus. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1896. CM 181 3 O cuidado com as moedinhas -- Gostaria de poder impressionar cada mente quanto à terrível pecaminosidade de desperdiçar o dinheiro do Senhor com necessidades imaginárias. O dispêndio de quantias aparentemente pequenas, pode iniciar uma série de circunstâncias que atingirá a eternidade. Ao se assentar o juízo e se abrirem os livros, ser-vos-á apresentado o lado da perda -- o bem que poderíeis ter feito com as acumuladas moedinhas e as grandes somas de dinheiro que foram usadas com propósitos totalmente egoístas. [...] CM 181 4 Jesus não requer do homem nenhum sacrifício real; pois seja o que for que se nos peça abandonar, é apenas aquilo sem o que estaríamos melhor. Estamos apenas abrindo mão do menor, do mais inútil, em troca do maior, do mais valioso. Toda a consideração terrena e temporal deve subordinar-se ao que é mais elevado. -- The Review and Herald, 11 de Agosto de 1891. CM 181 5 Então a mensagem irá com poder -- Deve o povo de Deus praticar estrita economia no dispêndio de meios, para que possa ter alguma coisa para Lhe trazer, dizendo: "Das Tuas mãos To damos." Assim, devem eles dar a Deus ações de graças pelas bênçãos dEle recebidas. Assim, também, devem ajuntar para si um tesouro junto ao trono de Deus. CM 182 1 Os mundanos gastam com o vestuário grandes somas de dinheiro que deviam ser empregadas em alimentar e vestir os que sofrem fome e frio. Muitos daqueles por quem Cristo deu a vida muito mal têm suficiente vestuário do mais barato e mais comum, enquanto outros gastam milhares de dólares no esforço de satisfazer às infindáveis exigências da moda. CM 182 2 O Senhor ordenou a Seu povo que saísse do mundo e fosse um povo separado. Vestes vistosas ou dispendiosas não assentam nos que crêem, que vivemos nos últimos dias da graça. "Quero pois", escreveu o apóstolo Paulo, "que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." CM 182 3 Mesmo entre os que professam ser filhos de Deus, há os que gastam mais do que é necessário com o vestuário. Devemos vestir-nos decentemente e com gosto, mas, minhas irmãs, quando estais comprando ou fazendo a vossa própria roupa ou a de vossos filhos, pensai no trabalho da vinha do Senhor que ainda está esperando para ser feito. É correto comprar bom material e confeccionar o vestuário com cuidado. Isso é economia. Mas não há necessidade de ricos enfeites, e nisso condescender é gastar para a satisfação própria o dinheiro que devia ser colocado na causa de Deus. CM 182 4 Não é a vossa roupa que vos torna valiosos aos olhos do Senhor. É o adorno interior, são as graças do espírito, a palavra bondosa, a atenciosa consideração para com os outros, que Deus aprecia. Passai sem os enfeites que não forem necessários, e ponde de lado, para o avanço da causa de Deus, os meios assim economizados. Aprendei a lição da abnegação, e ensinai-a a vossos filhos. Tudo o que puder ser economizado pela abnegação é necessário, agora, na obra a ser realizada. O sofredor deve ser aliviado; o nu, vestido; o faminto, alimentado; deve a verdade para este tempo ser contada aos que não a conhecem. Privando-nos do que não é necessário, podemos ter uma parte na grande obra de Deus. CM 182 5 Somos testemunhas de Cristo, e não devemos permitir que os interesses mundanos de tal maneira nos absorvam o tempo e a atenção que não demos ouvidos às coisas que Deus disse que deviam vir primeiro. Estão em jogo interesses mais elevados. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça." Cristo deu tudo à obra que viera fazer, e Sua ordem a nós é: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." "E assim sereis Meus discípulos." CM 182 6 Voluntária e alegremente entregou-Se Cristo à execução da vontade de Deus. Foi obediente até à morte, e morte de cruz. Deveríamos nós considerar penoso negar a nós mesmos? Deveríamos recusar ser participantes dos Seus sofrimentos? Sua morte deve fazer vibrar cada fibra do ser, tornando-nos desejosos de consagrar à Sua obra tudo o que temos e somos. Ao pensarmos no que Ele tem feito por nós, deve nosso coração encher-se de amor. CM 183 1 Quando os que conhecem a verdade praticarem a abnegação ordenada pela Palavra de Deus, a mensagem irá com poder. O Senhor nos ouvirá as orações pela conversão de pessoas. O povo de Deus fará sua luz brilhar, e, vendo suas boas obras, os descrentes glorificarão ao nosso Pai celestial. Relacionemo-nos com Deus na obediência do sacrifício próprio. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1910. CM 183 2 Progresso apesar da pobreza -- A princípio, muito poucos de nós havia para levar avante a obra, e era muito necessário sermos unânimes para podermos fazer a obra avançar com ordem e uniformidade. Ao vermos a importância de estar na unidade da fé, nossas orações foram atendidas, e foram respondidas as orações de Cristo de que fôssemos um assim como Ele e o Pai eram Um. Éramos tão destituídos de recursos como vós sois aqui nestes reinos, e freqüentemente andávamos com fome e sofríamos devido à falta de roupa apropriada. Mas víamos que a verdade devia avançar e nós devíamos ter os recursos para levá-la avante. Buscamos então ao Senhor com muito fervor, a fim de que abrisse o caminho para podermos alcançar o povo das diferentes cidades e vilas, e meu esposo e eu tínhamos de trabalhar com nossas mãos para obter recursos suficientes para nos locomovermos de um para outro lugar, a fim de apresentar os tesouros da fé a outros. Podíamos ver que o Senhor do Céu ia adiante de nós preparando o caminho para o trabalho. CM 183 3 Meu esposo tinha de trabalhar lidando com pedras até gastar a pele dos dedos, e o sangue brotar das feridas, a fim de obter os meios para se deslocar de um lugar para o outro, para apresentar ao povo as palavras da verdade. Essa era a maneira em que a obra ia no começo, e nossas petições devem agora ascender ao Deus do Céu, como a deles naquele tempo, a fim de que abra o caminho, e a verdade tenha acesso aos corações. O ouro e a prata são do Senhor. Seu é o gado sobre milhares de montanhas; mas Ele quer que avanceis com fé tão longe e tão depressa quanto vos for possível. A bênção do Senhor repousará sobre os que fazem o máximo que sua capacidade lhes permite. CM 183 4 Ao serem abertas as Escrituras nos vales do Piemonte, a verdade foi levada pelos que eram muito pobres dos bens deste mundo. Não se permitia aos que tinham as verdades bíblicas apresentá-las ao povo; não podiam levar Bíblias às famílias; de modo que andavam como negociantes vendendo mercadorias, e levavam consigo partes da Bíblia, e sempre que fosse conveniente liam partes das Escrituras; dessa maneira podiam os que estavam famintos da verdade obter a luz. Pés descalços e a sangrar, viajavam esses homens sobre as duras rochas das montanhas a fim de poderem alcançar pessoas e abrir-lhes as palavras de vida. Almejo que o mesmo espírito que os animava esteja no coração de cada um daqueles que atualmente professam a verdade. CM 184 1 Cada um de nós pode fazer alguma coisa, se tão-somente assumir a posição que Deus quer que assumamos. Tudo o que fizerdes para iluminar os outros vos leva mais perto do Deus do Céu e vos põe em harmonia com Ele. Se vos assentardes e olhardes para vós mesmos dizendo: "eu mal posso sustentar a minha família", jamais podereis fazer alguma coisa; mas se disserdes: "farei algo em favor da verdade, vê-la-ei avançar, farei o que puder", Deus abrirá o caminho para que possais fazer alguma coisa. Deveis fazer investimentos na causa da verdade de tal modo que sintais que sois dela uma parte. CM 184 2 Deus não requer do homem a quem deu um talento os juros de dez. Lembrai-vos de que foi o homem que tinha um talento que o embrulhou num lenço e o escondeu na terra. Deveis usar o talento, a influência e os meios que Deus vos tem concedido para poderdes desempenhar uma parte nessa obra. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1890. ------------------------Capítulo 59 -- Promessas que ligam a Deus CM 185 1 Deus opera por meio de instrumentos humanos; e quem quer que desperte a consciência dos homens, induzindo-os às boas obras e ao real interesse no avançamento da causa da verdade, não o faz por si mesmo, mas pelo Espírito de Deus a operar nele. As promessas feitas em tais circunstâncias são de um caráter sagrado, sendo o fruto da operação do Espírito do Senhor. Ao serem esses compromissos satisfeitos, o Céu aceita a oferta, e esses obreiros liberais são creditados pela importância investida no banco celeste. Os que assim procedem estão pondo um bom fundamento contra o tempo por vir, de modo a lançarem mão da vida eterna. -- Testemunhos Seletos 1:552, 553. CM 185 2 Falta de integridade -- Um dos maiores pecados no mundo cristão de hoje, é a dissimulação e cobiça no trato com Deus. Há da parte de muitos um crescente descuido em relação ao satisfazer os compromissos com as várias instituições e empreendimentos religiosos. Muitos consideram o ato de assumir um compromisso como se não impusesse nenhuma obrigação de pagar. Se pensam que seu dinheiro lhes há de trazer lucro sendo investido em ações bancárias ou em mercadorias, ou se há pessoas ligadas à instituição a quem prometeram ajudar e para quem fazem exceções, sentem-se perfeitamente à vontade para usar seus meios segundo lhes apraz. Esta falta de integridade prevalece em considerável proporção entre os que professam guardar os mandamentos de Deus e aguardar o breve aparecimento do seu Senhor e Salvador. -- Testimonies for the Church 4:475. CM 185 3 Responsabilidade da igreja -- A Igreja é responsável pelos compromissos de seus membros individuais. Uma vez que vejam que um irmão está negligenciando cumprir seus votos, devem trabalhar bondosa e claramente com ele. Caso o irmão não esteja em condições de pagar seu voto, e seja um membro digno e de coração voluntário, ajude-o então a igreja compassivamente. Assim poderão transpor a dificuldade, e receber eles próprios uma bênção. CM 185 4 Deus quer que os membros de Sua igreja considerem seus compromissos para com Ele tão obrigatórios como as dívidas que tenham no comércio. Que todos passem em revista sua vida passada, e vejam se não há quaisquer compromissos por pagar e redimir, os quais foram negligenciados, fazendo então especiais esforços para pagar até "ao último ceitil"; pois havemos todos de enfrentar e suportar a decisão final de um tribunal a cuja prova só poderão resistir a integridade e a veracidade. -- Testemunhos Seletos 1:553. CM 186 1 Razão para a adversidade -- Alguns de vós tendes estado a tropeçar em vossas promessas. O Espírito do Senhor Se apoderou da reunião de _____ em resposta à oração, e enquanto vosso coração era enternecido pela Sua influência, fizestes o voto. Enquanto as correntes da salvação fluíam para vosso coração, sentistes que devíeis seguir o exemplo dAquele que andou fazendo o bem e que alegremente deu Sua vida para resgatar o homem do pecado e da degradação. Sob a inspiradora influência celestial, vistes que o egoísmo e a mundanidade não condiziam com o caráter cristão, e que não podíeis viver para vós mesmos e ser cristão. Mas, quando a influência de Seu abundante amor e misericórdia deixou de ser sentida de maneira tão acentuada em vosso coração, retivestes vossas ofertas, e Deus retirou de vós a Sua bênção. CM 186 2 Veio a adversidade sobre alguns. Houve fracasso em suas colheitas, de maneira que não puderam resgatar suas promessas, e alguns até foram levados a circunstâncias probantes. Então, decerto, não se podia esperar que pagassem. Mas se eles não tivessem murmurado, e afastado seu coração dos votos que fizeram, Deus teria operado em seu favor, e teria aberto caminhos pelos quais todos poderiam ter pago o que prometeram. Eles não esperaram com fé, confiando em que Deus abrisse o caminho para que pudessem cumprir suas promessas. CM 186 3 Alguns tinham meios à disposição; e tivessem eles possuído o mesmo espírito voluntário que tinham quando prometeram, e houvessem de coração entregue a Deus em dízimos e ofertas o que Ele lhes emprestou para esse fim, teriam sido grandemente abençoados. Mas Satanás penetrou com suas tentações, e levou alguns a porem em dúvida os motivos e o espírito que levaram os servos de Deus a apresentar o pedido de meios. Alguns achavam ter sido enganados e defraudados. Em espírito, repudiaram os seus votos, e tudo o que depois disso fizeram foi com relutância, e por isso não receberam nenhuma bênção. -- Testimonies for the Church 5:281, 282. ------------------------Capítulo 60 -- O pecado de Ananias CM 187 1 O coração de Ananias e o da esposa, foram movidos pelo Espírito Santo a dedicar suas posses a Deus, como seus irmãos o tinham feito. Mas depois de terem feito o voto, recuaram, e determinaram não cumpri-lo. Embora professassem dar tudo, retiveram parte do preço. Haviam praticado fraude para com Deus, haviam mentido ao Espírito Santo, e seu pecado foi visitado, com juízo rápido e terrível. Não somente perderam a vida presente, mas também a vida eterna. CM 187 2 O Senhor viu que essa assinalada manifestação de sua justiça era necessária para impedir que outros incorressem na mesma falta. Testifica isso que os homens não podem enganar a Deus, que Ele descobre o pecado encoberto do coração, e que dEle não se pode escarnecer. Servia isso de advertência à jovem igreja, para levá-la a examinar seus motivos, acautelar-se para não condescender com o egoísmo e a vanglória, acautelar-se para não roubar a Deus. CM 187 3 No caso de Ananias, o pecado de fraude contra Deus foi rapidamente percebido e punido. Esse exemplo do juízo de Deus, visava ser um sinal de perigo a todas as gerações futuras. O mesmo pecado foi freqüentemente repetido na história posterior da igreja, e é cometido por muitos do nosso tempo; mas ainda que não seja visitado com a visível manifestação do desagrado de Deus, não é ele menos nefando agora, à Sua vista, do que no tempo dos apóstolos. Já foi dada a advertência, Deus claramente manifestou Sua aversão a esse pecado, e todos os que seguem idêntico procedimento podem estar certos de que estão destruindo sua própria vida. [...] CM 187 4 Somente quando os motivos cristãos são plenamente reconhecidos e a consciência é despertada para o dever, quando a luz divina faz impressão sobre o coração e o caráter, que o egoísmo é vencido, e o espírito de Cristo é exemplificado. O Espírito Santo, trabalhando no coração e no caráter do homem, expulsará toda a tendência para cobiça, para o procedimento enganoso. [...] CM 187 5 Em algumas ocasiões o Senhor tem decididamente impressionado homens mundanos e egoístas. Sua mente foi iluminada pelo Espírito Santo, seu coração sentiu Sua influência enternecedora e subjugadora. Sob o senso da abundante misericórdia e graça de Deus, sentiram ser seu dever promover Sua causa, desenvolver Seu reino. [...] Sentiram o desejo de ter uma parte no reino de Deus e se comprometeram a dar de seus meios para algum dos vários empreendimentos da causa do Senhor. Tal promessa não foi feita a um homem, mas a Deus, na presença de Seus anjos, que estavam impressionando o coração desses homens egoístas, amantes do dinheiro. CM 188 1 Ao fazerem o voto, foram grandemente abençoados; mas quão depressa mudam os sentimentos quando ficam no terreno comum. Ao esmaecer a impressão imediata do Espírito Santo, ao se tornarem a mente e o coração novamente absorvidos com os negócios mundanos, é para eles mais difícil manter sua consagração e a de sua propriedade ao Senhor. Satanás os assalta com sua tentação: "Fostes insensatos em prometer esse dinheiro, precisais dele para o empregar em vosso negócio, e se pagardes o voto, tereis prejuízo." CM 188 2 Então eles recuam, murmuram, queixam-se da mensagem do Senhor e de Seus mensageiros. Dizem coisas que não são verdadeiras, pretendendo terem prometido sob emoção, não terem compreendido completamente o assunto, que o caso foi exagerado, que seus sentimentos foram despertados e que isto os levou a fazer o voto. Falam como se as preciosas bênçãos que receberam fossem o resultado de um engano praticado contra eles pelo pastor para conseguir dinheiro. Mudam de idéia e não se sentem na obrigação de pagar seus votos a Deus. Há o mais temível roubo a Deus, sendo feitas fúteis escusas para resistirem e negarem ao Espírito Santo. Alguns alegam haver inconvenientes; dizem precisar de seu dinheiro -- para fazer o quê? Para enterrá-lo em casas e terras, em algum plano de fazer dinheiro. Visto o voto ter sido feito com um fim religioso, julgam não poder ser ele exigido por lei, e o amor do dinheiro é tão forte neles que enganam a si mesmos e se atrevem a roubar a Deus. A muitas pessoas se poderia dizer: "Vós não tratais tão mal a nenhum outro amigo." CM 188 3 Está aumentando o número dos que cometem o pecado de Ananias e de Safira. Os homens não mentem ao homem, mas a Deus, ao desrespeitarem as promessas que o Seu Espírito os moveu a fazer. Porque a sentença contra a obra má não é executada imediatamente como no caso de Ananias e Safira, o coração dos filhos dos homens se inclina completamente a fazer o mal, a lutar contra o Espírito de Deus. Como subsistirão esses homens no juízo? Ousais suportar o resultado final dessa questão? Como subsistireis nas cenas descritas no Apocalipse? "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cujo rosto fugiu a Terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus; [...] e foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras". -- The Review and Herald, 23 de Maio de 1893. ------------------------Capítulo 61 -- Um contrato com Deus CM 189 1 Quando um compromisso verbal ou escrito foi tomado em presença de nossos irmãos, de dar determinada importância, eles são as testemunhas visíveis de um contrato feito entre nós e Deus. A promessa não foi feita ao homem, mas a Deus, e é como uma nota escrita dada a um próximo. Nenhuma letra legal é mais obrigatória para um cristão quanto ao pagamento do dinheiro, do que uma promessa feita ao Senhor. CM 189 2 As pessoas que assim se comprometem com seus semelhantes, não pensam em geral em pedir libertação dos compromissos. Um voto feito a Deus, doador de todas as dádivas, é ainda de maior importância; então, por que havemos nós de buscar ser dispensados de nossos votos a Deus? Considerará o homem seu voto menos obrigatório pelo fato de ser feito ao Senhor? Porque esse voto não será levado a juízo nos tribunais de justiça, é ele menos válido? Há de um homem que professa estar salvo pelo sangue do infinito sacrifício de Jesus Cristo, "roubar a Deus"? Não são seus votos e suas ações pesados nas balanças da justiça nas cortes celestes? CM 189 3 Cada um de nós tem um caso pendente no tribunal do Céu. Há de a direção de nossa vida contrabalançar as provas que nos são contrárias? O caso de Ananias e Safira foi do mais agravante caráter. Guardando parte do preço, mentiram ao Espírito Santo. Da mesma maneira, pesam culpas sobre todo indivíduo, proporcionalmente às ofensas dessa natureza. CM 189 4 Quando o coração dos homens é abrandado pela presença do Espírito de Deus, eles são mais susceptíveis às impressões do Espírito Santo, e tomam resoluções no sentido de negar ao próprio eu e sacrificar-se pela causa de Deus. É quando a luz divina ilumina os escaninhos do espírito com clareza e poder incomuns, que os sentimentos do homem natural são vencidos, que o egoísmo perde sua força sobre o coração, e despertam-se desejos de imitar o Modelo, Jesus Cristo, no exercer beneficência e abnegação. A disposição do homem naturalmente egoísta, torna-se assim bondosa e compassiva para com os pecadores perdidos, e ele faz um voto solene a Deus, como fizeram Abraão e Jacó. Nessas ocasiões acham-se presentes anjos celestes. O amor para com Deus e as pessoas triunfa sobre o egoísmo e sobre o amor do mundo. Isto, especialmente, quando o orador, no Espírito e poder de Deus, apresenta o plano da redenção, estabelecido pela majestade do Céu no sacrifício da cruz. Podemos ver, pelos textos seguintes, como o Senhor considera a questão dos votos: CM 190 1 "E falou Moisés aos cabeças das tribos dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o Senhor tem ordenado: Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou fizer juramento, ligando-se com uma obrigação, não violará a sua palavra: segundo tudo o que saiu da sua boca, fará". Números 30:1, 2. CM 190 2 "Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão Se iraria Deus contra a tua voz, de sorte que destruísse a obra das tuas mãos?" Eclesiastes 5:6. CM 190 3 "Entrarei em Tua casa com holocaustos; pagar-Te-ei os meus votos, que haviam pronunciado os meus lábios, e dissera a minha boca, quando eu estava na angústia". Salmos 66:13, 14. CM 190 4 "Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos os votos, então inquirir". Provérbios 20:25. "Quando votares algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Porém, abstendo-te de votar, não haverá pecado em ti. O que saiu da tua boca guardarás, e o farás; mesmo a oferta voluntária, assim como votaste ao Senhor teu Deus, e o declaraste pela tua boca". Deuteronômio 23:21-23. CM 190 5 "Fazei votos, e pagai ao Senhor, vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dEle, Àquele que é tremendo". Salmos 76:11. CM 190 6 "Mas vós O profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, a sua comida, é desprezível. E dizeis: Eis aqui, que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos Exércitos; vós ofereceis o roubado, e o coxo e o enfermo; assim fazeis a oferta. Ser-Me-á aceito isto de vossa mão? diz o Senhor. Pois maldito seja o enganador que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque Eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o Meu nome será tremendo entre as nações". Malaquias 1:12-14. CM 190 7 "Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não Se agrada de tolos. O que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votes e não pagues". Eclesiastes 5:4, 5. -- Testemunhos Seletos 1, 549-551. CM 190 8 Condições para receber as promessas de Deus -- Têm havido ocasiões, em grandes ajuntamentos, em que se fizeram apelos aos professos seguidores de Cristo, em favor da causa de Deus, e corações têm sido despertados, fazendo muitos a promessa de manterem a obra. Mas muitos dos que prometeram não têm agido de maneira honrosa para com Deus. Têm sido negligentes e têm deixado de resgatar suas promessas ao seu Criador. Mas se o homem é tão indiferente no que tange as suas promessas a Deus, poderá ele esperar que o Senhor cumpra uma promessa feita sob condições que nunca foram cumpridas? É melhor tratar honestamente com os vossos semelhantes e com Deus. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1889. CM 191 1 Protesto de Satanás -- Dos bens confiados aos homens, Deus reclama certa porção -- o dízimo. A todos deixa Ele liberdade para decidirem se desejam ou não dar mais do que isto. Mas quando o coração é tocado pela influência do Espírito Santo, e é feito um voto de dar certa importância, aquele que fez o voto não tem mais nenhum direito sobre a porção consagrada. Promessas desta espécie feitas aos homens são olhadas como obrigatórias; seriam menos obrigatórias as feitas a Deus? São as promessas julgadas no tribunal da consciência menos obrigatórias que as escritas nos contratos humanos? CM 191 2 Quando a luz divina brilha no coração com clareza e poder inusitados, o habitual egoísmo relaxa as garras e há disposição para dar para a causa de Deus. Mas ninguém deverá pensar que lhe será permitido cumprir as promessas feitas, sem protesto da parte de Satanás. Ele não tem prazer em ver o reino do Redentor estabelecido na Terra. Sugere que a promessa feita foi excessiva, que isto poderá prejudicar a aquisição de propriedades ou a satisfação dos desejos da família. -- Atos dos Apóstolos, 74. CM 191 3 Necessidade de uma consciência desperta -- Importa que haja entre nós, como um povo, um despertamento nessa questão. Poucos são os homens que sentem doer a consciência se negligenciarem o dever quanto à beneficência. Poucos, apenas, são possuídos de remorso por roubarem diariamente a Deus. CM 191 4 Caso um cristão deliberada ou acidentalmente pague menos do que é devido a seu próximo, ou se recuse a liqüidar uma dívida honesta, sua consciência, a menos que se ache cauterizada, há de perturbá-lo; ele não pode sossegar, ainda que ninguém seja sabedor do fato senão ele próprio. Há muitos votos negligenciados e promessas por pagar, e no entanto quão poucos sentem a consciência turbada por causa disso! Quão poucos experimentam o sentimento de culpa por essa violação do dever! CM 191 5 Precisamos sentir novas e mais profundas convicções a esse respeito. A consciência precisa ser despertada, e examinar-se o assunto com diligente atenção; pois no último dia ter-se-á de prestar contas a Deus, e Seus direitos serão apurados. -- Testemunhos Seletos 1:547. ------------------------Capítulo 62 -- Preparo para a morte CM 192 1 Há pessoas de idade entre nós que estão tocando já o termo de sua carreira, mas por falta de homens inteligentes que saibam assegurar as propriedades destas pessoas para a obra de Deus, estas passam para as mãos dos que servem a Satanás. Esses meios lhes foram emprestados por Deus e devem ser-Lhe restituídos, mas em nove casos de dez esses irmãos dispõem dos seus bens de maneira que Deus não é glorificado, porque, ao falecer, coisa alguma da propriedade de Deus a eles confiada reverte para os Seus tesouros. Nalguns casos esses irmãos foram assistidos por conselheiros não consagrados, que raciocinavam do seu ponto de vista humano e não de acordo com o parecer de Deus. CM 192 2 Muitas vezes uma fortuna legada a filhos ou netos redunda somente em mal para seus herdeiros. Não tendo amor a Deus nem a Sua verdade, esses meios, que de direito pertencem a Deus, passam ao poder de Satanás. Satanás é muito mais vigilante, perspicaz e hábil para conseguir meios para si do que são os nossos irmãos para assegurar a propriedade de Deus para Sua obra. CM 192 3 Muitos testamentos foram feitos de modo tão superficial que não tiveram validade perante a lei, e deste modo grandes somas se perderam para a causa. Nossos irmãos devem reconhecer que sobre eles, como fiéis servos do Senhor, pesa a responsabilidade de agir prudentemente nesses casos, a fim de assegurar-Lhe o que Lhe pertence. CM 192 4 Muitos se revelam a este respeito de uma delicadeza descabida. Procedem como se estivessem trilhando veredas proibidas quando falam a pessoas de idade avançada ou inválidos a propósito de seus bens, a fim de saber como pretendem dispor deles. Entretanto é este um dever tão sagrado como pregar o Evangelho para a salvação de pessoas. Aqui está um homem que de Deus possui dinheiro e propriedades, e está a ponto de transferir sua mordomia. Deve colocar os meios, que de Deus recebeu emprestados para serem usados em Sua obra, nas mãos de ímpios, simplesmente por serem estes seus parentes? Não devem antes homens cristãos tomar o devido interesse e experimentar ansiedade, tanto pelo bem-estar futuro dessa pessoa como pelos interesses da causa de Deus, a fim de que disponha retamente dos bens de seu Senhor -- os talentos que lhe foram confiados para sábio uso? Quererão seus irmãos que o assistem, vê-lo deixar esta vida, ao mesmo tempo privando de meios a tesouraria de Deus? Isto significaria uma perda tremenda para ele e para a causa; porque, abandonando seus talentos nas mãos de indivíduos que não têm nenhuma consideração pela verdade divina, de caso pensado coloca os talentos em um lenço e os esconde na terra. CM 193 1 Caminho melhor -- Deus deseja que Seus seguidores disponham pessoalmente de seus bens, enquanto isto lhes seja possível. Dirá alguém: "Temos porventura de renunciar a tudo que consideramos nossa propriedade?" Pode isto não nos ser exigido ainda, mas devemos estar prontos a fazê-lo por amor de Cristo. Devemos reconhecer que nossas propriedades são totalmente Suas, e usá-las liberalmente quando o progresso da obra o exigir. Muitos fecham os ouvidos aos pedidos de dinheiro para enviar missionários ao estrangeiro, e para a difusão da verdade por meio de impressos que devem ser espalhados por todo o mundo como folhas de outono. CM 193 2 Essas pessoas justificam sua avareza, alegando que tomaram disposições que deverão revelar sua caridade na ocasião da morte. Na disposição de sua última vontade, contemplaram a obra de Deus. Por isso conduzem uma vida de avareza, roubam-nO nos dízimos e ofertas, e pelo seu testamento Lhe restituem apenas pequena parte do que lhes confiou, enquanto a parte maior reverte para os parentes, que não tomam nenhum interesse pela verdade. Constitui esta uma das piores formas de roubo. Roubam a Deus aquilo que Lhe devem, e isto não só durante a vida, mas também na morte. CM 193 3 Terrível risco -- É rematada loucura deixar até quase à hora da morte a preparação para a vida futura. É também um erro grave protelar a resposta aos apelos de liberalidade para a obra de Deus, até o tempo de transferir a outros sua mordomia. Aqueles a quem confiardes os talentos que de Deus recebestes podem ou não administrá-los assim como vós o tendes feito. Como poderão pessoas abastadas arriscar-se a tanto? Os que esperam até à hora da morte para dispor sobre seus bens, parece que o fazem mais por causa da morte do que por amor a Deus. Assim procedendo, muitos estão agindo em oposição direta ao plano que Deus estabeleceu em Sua Palavra. Se quiserem fazer bem, devem aproveitar os preciosos momentos do presente, com todos os esforços, como que temendo perder a oportunidade favorável. CM 193 4 Os que negligenciam deveres de que estão perfeitamente inteirados, deixando de corresponder às reivindicações que Deus lhes faz nesta vida, e procurando acalmar a consciência com o propósito de na sua morte estabelecer um legado, não terão da parte do Mestre nem louvor nem recompensa. Estes não praticam nenhuma renúncia, mas retêm seus meios enquanto podem, renunciando-os só porque o exige a morte. CM 194 1 Se fossem cristãos verdadeiros, praticariam em vida, estando ainda sãos e fortes, o que transferem até à morte. Devotariam a Deus a si mesmos e o que lhes pertence, ao passo que, agindo como mordomos conscienciosos, cumpririam seu dever. Como executores de seus próprios testamentos poderiam por si mesmos satisfazer às reivindicações divinas, em vez de deixar a responsabilidade disto a outros. CM 194 2 Devemos considerar-nos despenseiros da propriedade do Senhor, e a Deus como Proprietário absoluto, a quem devemos entregar o que é Seu, quando Ele o requer. Quando vier para receber com juros o que lhes confiou, os cobiçosos se persuadirão de que, em vez de ter multiplicado seus talentos, acarretaram sobre si mesmos a condenação pronunciada contra o servo mau e infiel. CM 194 3 Beneficência em vida ou legado de morte -- O Senhor deseja que a morte de Seus servos seja sentida como uma perda por causa da boa influência que exerceram e das muitas ofertas voluntárias com que concorreram para abastecer o tesouro de Deus. Legados deixados na morte são uma miserável compensação da beneficência que se deveria praticar em vida. Os servos de Deus devem dispor de seus bens todos os dias, em boas obras e ofertas liberais ao Senhor. Não devem contentar-se com dar a Deus uma porção desproporcionadamente pequena, em comparação ao que gastam para si mesmos. Dispondo de seus bens cada dia, contemplarão nele os objetos e amigos que maior direito têm à sua afeição. CM 194 4 Seu melhor amigo é Cristo. Ele não lhes negou a própria vida, e por amor deles Se fez pobre para que por Ele enriquecessem. Merece, portanto, todo o nosso coração, tudo quanto temos e somos. Mas muitos supostos cristãos declinam em vida as reivindicações de Jesus e O insultam na morte, legando-Lhe uma parte mesquinha de seus bens. CM 194 5 Lembrem-se todos que estiverem neste caso de que esta maneira de roubar a Deus não representa um ato impensado, mas um plano premeditado, pois que todo legado é instituído com a declaração expressa de estar o testador "em pleno uso de suas faculdades". Depois de haverem defraudado a obra de Deus em vida, perpetuam essa fraude na morte e com plena anuência de suas faculdades mentais. Tal testamento muitos consideram um suave travesseiro em que reclinar a cabeça na hora extrema. Representa uma espécie de preparação para a morte, e é arranjado de modo a não perturbar a tranqüilidade de seu espírito, ao exalarem o último alento. Poderão essas pessoas descansar tranqüilamente a respeito das contas que lhes hão de ser pedidas de sua mordomia? CM 194 6 Devemos ser todos ricos em boas obras, se queremos garantir-nos a vida futura e eterna. Quando o juízo se instituir e os livros forem abertos, cada qual será julgado e recompensado segundo as suas obras. Muitos nomes estão registrados nos livros da igreja, que no livro principal do Céu estão arrolados com a nota de "defraudadores". E a menos que essas pessoas se arrependam, e trabalhem para o Mestre com desinteressada benevolência, hão de compartilhar a sorte do mordomo infiel. CM 195 1 Perdas devido à falta de testamento -- Sucede muitas vezes um ativo homem de negócios ser arrebatado pela morte sem prévia advertência, e acharem-se seus negócios em condição embaraçosa justamente quando têm de ser liqüidados. No empenho de pô-los em ordem, uma grande parte dos bens do falecido, senão tudo, é consumida em honorários aos advogados, ficando a família e a causa de Cristo defraudadas daquilo que lhes seria devido. Os que são mordomos fiéis do Senhor saberão a todo tempo estar preparados para qualquer emergência. Se porventura seu tempo de graça terminar inesperadamente, não acarretarão tão grandes perplexidades aos que forem incumbidos de liqüidar seus compromissos. CM 195 2 Muitos não estão informados acerca da questão de fazer o testamento quando se acham ainda, aparentemente, com saúde. Essa precaução deveria, entretanto, ser tomada por nossos irmãos. Devem saber qual sua situação financeira, e não permitir que seus negócios se embaracem. Devem arranjar sua propriedade de tal maneira que a possam deixar a qualquer tempo. CM 195 3 Os testamentos devem ser feitos de acordo com as prescrições legais. Depois de feitos, podem ser conservados durante anos sem prejuízo, ao passo que se continua a contribuir para a obra à medida de suas necessidades. A morte, meus irmãos, não se antecipará um dia sequer por terdes feito o vosso testamento. Ao dispor de vossos bens por testamento a favor de vossos parentes não vos esqueçais da obra de Deus. Sois Seus instrumentos, incumbidos de zelar por Sua propriedade; e Suas reivindicações devem merecer-vos a preferência, e ser tomadas em consideração antes de quaisquer outras. Vossas mulheres e filhos não devem naturalmente ficar ao abandono, cumprindo prover também a suas necessidades. Não deveis, porém, simplesmente por ser assim costume, contemplar em vossas disposições uma longa lista de parentes, que não estão em necessidade. CM 195 4 Apelo à reforma -- Deveis lembrar-vos sempre de que o atual sistema egoísta de dispor dos bens não é conforme o plano de Deus, mas simplesmente invenção humana. Os cristãos devem ser reformadores e romper com esse sistema, dando uma feição inteiramente nova à maneira de fazer testamentos. Tende sempre presente que é da propriedade de Deus que ides dispor. A vontade divina deve ser lei neste particular. CM 195 5 Suponde que alguém vos houvesse instituído executor de seu testamento, acaso não faríeis diligência em inteirar-vos da vontade do testador, a fim de que a menor quantia tivesse sua aplicação justa? Vosso Amigo celestial vos confiou propriedades, manifestando-vos Sua vontade quanto ao modo por que devem ser usadas. Se essa Sua vontade for devidamente acatada, aquilo que pertence a Deus terá a aplicação que lhe compete dar. A causa do Senhor tem sido vergonhosamente negligenciada, ao passo que Ele deu aos homens meios suficientes com que fazer face a todas as emergências, se apenas fossem dotados de coração grato e obediente. CM 196 1 Os que fazem seu testamento, não devem imaginar que acabam aqui suas obrigações, mas sim desenvolver constante atividade, usando seus talentos para o engrandecimento da causa de Deus. Deus delineou planos segundo os quais todos podem cooperar diligentemente na distribuição de seus meios. Deus não Se propõe sustentar Sua obra por meio de milagres. Ele tem alguns poucos mordomos fiéis, que estão economizando e usando seus meios para promover Sua obra. A renúncia própria e a beneficência, longe de constituírem a exceção, deviam ser a regra. As crescentes necessidades da obra de Deus reclamam meios. Chegam-nos constantemente pedidos do país e do estrangeiro, solicitando missionários que lhes ensinem a luz da verdade. Isto significa aumento de obreiros e acréscimo de despesas para sua manutenção. -- Testemunhos Seletos 1, 556-561. CM 196 2 Como tornar segura a propriedade -- Quereis tornar segura a vossa propriedade? Colocai-a na mão que traz os sinais de cravos da crucifixão. Retende-a em vosso poder, e ela servirá para vossa perda eterna. Dai-a a Deus, e deste momento em diante ela terá Sua inscrição. Está selada com a Sua imutabilidade. Quereis desfrutar vossos bens? Usai-os, então, de modo que sejam uma bênção para o sofredor. -- Testimonies for the Church 9:51. ------------------------Capítulo 63 -- A mordomia é uma responsabilidade pessoal CM 197 1 Devem os pais exercer o direito que Deus lhes concedeu. Confiou-lhes os talentos que quer que usem para Sua glória. Não devem os filhos tornar-se responsáveis pelos talentos dos pais. Enquanto tiverem mente sã e bom juízo, devem os pais, com piedosa consideração, e com o auxílio dos devidos conselheiros, que tenham experiência na verdade e conhecimento da vontade divina, dispor de suas propriedades. CM 197 2 Se tiverem filhos que estejam sendo afligidos ou lutando com a pobreza, e que farão judicioso uso dos meios, devem eles ser tomados em consideração. Mas se têm filhos descrentes que têm abundância dos bens deste mundo e que estejam servindo ao mundo, cometem um pecado contra o Mestre que os tornou Seus mordomos, ao colocarem bens em suas mãos meramente por serem seus filhos. Os reclamos de Deus não devem ser considerados levianamente. CM 197 3 E se deve compreender distintamente que o fato de os pais já terem feito seu testamento não os priva de dar recursos à causa de Deus enquanto vivem. E isso é o que devem fazer. Devem ter, aqui, a satisfação, e, no além, a recompensa de disporem dos meios excedentes enquanto viverem. Devem fazer sua parte no avanço da causa de Deus. Devem usar os bens que lhes foram emprestados pelo Mestre para levar avante a obra que deve ser feita em Sua vinha. CM 197 4 O amor do dinheiro é a raiz de quase todos os crimes cometidos no mundo. Os pais que egoisticamente retêm seus recursos para enriquecer os filhos, e que não vêem as necessidades da causa de Deus e não as aliviam, cometem terrível erro. Os filhos a quem pensam abençoar com seus recursos são com isso amaldiçoados. CM 197 5 As riquezas herdadas são freqüentemente uma armadilha -- O dinheiro deixado para os filhos, freqüentemente se torna raiz de amargura. Freqüentemente questionam por causa da propriedade que lhes foi deixada, e, em caso de testamento, raras vezes estão todos satisfeitos com a distribuição feita pelo pai. E em vez de os bens deixados despertarem a gratidão, a reverência a sua memória, cria a insatisfação, murmuração, inveja e desrespeito. Irmãos e irmãs que estavam em paz uns com os outros, são às vezes postos em desacordo, havendo freqüentemente desavença na família como resultado de bens herdados. As riquezas são apenas desejáveis como um meio de suprir as necessidades presentes, e de fazer bem aos outros. Mas as riquezas herdadas freqüentemente se tornam uma cilada para quem as possui, em vez de uma bênção. Não devem os pais procurar fazer com que os filhos encontrem as tentações a que eles os expõem ao lhes deixarem meios que estes nenhum esforço fizeram para adquirir. CM 198 1 Transferindo propriedades para os filhos -- Foi-me mostrado que alguns filhos que professam crer na verdade, influenciam, indiretamente, o pai a guardar seus bens para os filhos em vez de os empregar na causa de Deus enquanto vive. Os que assim têm influenciado o pai a transferir para eles a sua mordomia, mal sabem o que estão fazendo. Estão amontoando sobre si mesmos dupla responsabilidade, a de influenciar a mente do pai de tal modo que ele não cumpra o propósito de Deus na distribuição dos meios que por Ele lhe foram confiados para serem usados para Sua glória, e a responsabilidade adicional de se tornarem despenseiros dos meios que deveriam ter sido dados pelo pai aos banqueiros, para que o Mestre pudesse receber com juros o que Lhe pertencia. CM 198 2 Muitos pais cometem um grande erro ao passarem sua propriedade de suas mãos para as dos filhos, ainda que eles mesmos sejam responsáveis pelo uso ou abuso dos talentos que Deus lhes emprestou. Nem os pais, nem os filhos se tornam mais felizes por essa transferência de propriedade. E se viverem uns poucos anos mais, arrepender-se-ão geralmente os pais dessa ação que praticaram. O amor filial, em seus filhos, não é aumentado por essa atitude. Não sentem os filhos maior gratidão e obrigação para com os pais por sua liberalidade. Parece haver uma maldição na raiz dessa questão, cuja colheita é apenas o egoísmo da parte dos filhos, e a infelicidade e terrível sentimento de estrita dependência da parte dos pais. CM 198 3 Se os pais, enquanto vivem, ajudassem os filhos a ajudar a si mesmos, seria melhor do que deixar-lhes uma grande quantia ao morrerem. Os filhos a quem se deixa confiar principalmente em seus próprios esforços, tornam-se melhores homens e mulheres, e estão melhor habilitados para a vida prática do que os que dependem dos bens do pai. Os filhos que dependem de seus próprios recursos geralmente prezam sua capacidade, aproveitam seus privilégios e cultivam e dirigem suas faculdades no sentido de alcançar um propósito na vida. Freqüentemente desenvolvem hábitos de operosidade, economia e valor moral, que são o fundamento do êxito na vida cristã. Os filhos por quem os pais mais fazem, freqüentemente são os que menos obrigação sentem para com eles. -- Testimonies for the Church 3:121-123. ------------------------Capítulo 64 -- Transferindo as responsabilidades para outros CM 199 1 Os irmãos observadores do sábado que passam a responsabilidade de sua mordomia para as mãos das esposas, enquanto eles mesmos estão em condições de assumi-la, são insensatos, e ao transferi-la desagradam a Deus. A mordomia do marido não pode ser transferida para a esposa. No entanto se tenta às vezes tal coisa, com grande prejuízo para ambos. CM 199 2 Às vezes o marido crente tem transferido sua propriedade para a companheira descrente, esperando assim satisfazê-la, desarmar-lhe a oposição, e finalmente induzi-la a crer na verdade. Mas isso não é nem mais nem menos uma tentativa de comprar a paz, ou subornar a esposa para crer na verdade. Os meios que Deus emprestou para levar avante Sua causa transfere o marido para alguém que nenhuma simpatia tem para com a verdade; que contas tal mordomo prestará quando o grande Mestre exigir o que é Seu com os juros? CM 199 3 Pais crentes têm, freqüentemente, transferido sua propriedade para filhos descrentes, tirando assim toda a possibilidade de darem a Deus o que Lhe pertence. Ao assim fazerem, alijam-se da responsabilidade que Deus sobre eles colocou e põem nas fileiras do inimigo meios que Deus lhes confiou para Lhe serem devolvidos ao serem empregados em Sua causa quando deles o requerer. CM 199 4 Não é o plano de Deus que os pais que estão em condições de dirigir seus próprios negócios entreguem o controle de sua propriedade, ainda mesmo a filhos que sejam da mesma fé. Raramente possuem eles a dedicação à causa de Deus que deveriam ter, e não têm passado pela escola da adversidade e da aflição, de modo a terem a mais elevada consideração pelo tesouro eterno e menos estima aos tesouros terrenos. Os meios colocados nas mãos de tais pessoas tornam-se o maior dos males. É para eles uma tentação dedicar sua afeição ao que é terreno, confiar na propriedade, e achar que eles pouco mais necessitam além disso. Ao ficarem de posse dos meios que não adquiriram com seus próprios esforços, dificilmente os usam sabiamente. CM 200 1 O marido que transfere sua propriedade para a esposa, abre para ela uma larga porta de tentação, quer seja ela crente ou descrente. Se é crente, e de natureza mesquinha, inclinada ao egoísmo e a adquirir, a luta será muito maior para ela ao ter de manejar a mordomia do marido e a sua própria. Para se poder salvar, deve vencer todos esses maus traços que lhe são peculiares e imitar o caráter do seu divino Senhor, buscando a oportunidade de fazer bem aos outros e amando os outros como Cristo nos amou. Deve cultivar o precioso dom do amor que nosso Salvador possuía em tão grande escala. Sua vida era caracterizada por nobre e desinteressada benevolência. Toda a Sua vida não teve a mancha de um único ato egoísta. CM 200 2 Sejam quais forem os motivos do marido, pôs ele uma terrível pedra de tropeço no caminho da esposa, a lhe embaraçar a obra de vencer. E se a transferência for feita para os filhos, podem seguir-se os mesmos maus resultados. Deus lê seus motivos. Se ele for egoísta e tiver feito a transferência para encobrir sua cobiça e se escusar de fazer qualquer coisa para o avanço da causa, seguir-se-á certamente a maldição do Céu. CM 200 3 Deus lê os propósitos e intenções do coração, e prova os motivos dos filhos dos homens. Pode ser que Seu assinalado e visível desagrado não se manifeste como no caso de Ananias e Safira, contudo, no fim, o castigo não será de modo algum mais leve do que o que lhes foi infligido. Procurando enganar os homens, estavam mentindo a Deus. "A alma que pecar, essa morrerá." [...] CM 200 4 Os que se gabam de poderem transferir sua responsabilidade sobre a esposa ou os filhos, estão sendo enganados pelo inimigo. A transferência de propriedade não lhes diminuirá a responsabilidade. Eles são responsáveis pelos meios que os Céus puseram sob os seus cuidados, e de modo algum se podem eximir de sua responsabilidade, enquanto delas não se desobrigarem por haverem devolvido a Deus o que Ele lhes confiou. -- Testimonies for the Church 1:528-530. ------------------------Capítulo 65 -- O lugar da recompensa como motivo no serviço CM 201 1 Repetidamente diz o Salvador: "Porque muitos primeiros serão os últimos, e muitos últimos serão os primeiros." Jesus não quer que todos os que estão empenhados em Seu serviço sejam ansiosos por recompensas, nem achem que devem receber compensação por tudo que fazem. O Senhor quer que nossa mente siga um rumo diferente; pois Ele não vê como vê o homem. Ele não julga pela aparência, mas avalia o homem pela sinceridade de seu coração. CM 201 2 Os que trouxeram para seu serviço o espírito de sacrifício, de reconhecimento de sua insuficiência são os que afinal serão os primeiros. Os trabalhadores que primeiro foram contratados representavam os que têm um espírito invejoso, de justiça própria, e pretendem que por seus serviços lhes deve ser dada a preferência, em vez de a outros. O pai de família disse àquele que punha em dúvida seu direito de dar mais a outros do que a ele: "Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro?" Eu cumpri minha parte do acordo. CM 201 3 Num sentido secundário, devemos todos ter respeito para com a recompensa do galardão. Mas conquanto apreciemos a promessa da bênção, devemos ter perfeita confiança em Jesus Cristo, crendo que Ele fará o que é direito e nos dará a recompensa segundo as nossas obras. O dom de Deus é a vida eterna, mas Jesus não quer que estejamos tão ansiosos quanto à recompensa, como quanto a podermos fazer a vontade de Deus porque isto é correto, sem tomar em consideração todo ganho. CM 201 4 Paulo conservava sempre em vista a coroa da vida que lhe seria dada, e não somente a ele, mas a todos os que amam a Sua vinda. Foi a vitória obtida pela fé em Jesus Cristo que tornou a coroa tão desejável. Ele sempre exaltou a Jesus. Toda a vanglória do talento, de vitória em nós mesmos, está fora de lugar. "Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto, em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." CM 201 5 Os que mais abundante recompensa vão receber serão os que unem à sua atividade o zelo, bondosa e terna piedade para com os pobres, os órfãos, os oprimidos e os aflitos. Mas os que passam de largo, que estão ocupados demais para dar atenção ao que foi adquirido com o sangue de Cristo, que estão fartos de fazer grandes coisas, verificarão que são os menores e os últimos. CM 202 1 Os homens agem de acordo com o verdadeiro caráter do coração. Há, ao nosso redor, os que têm um espírito manso e humilde, o espírito de Cristo, que fazem muitas coisas pequenas para ajudar os que os rodeiam, e que não pensam nisso; esses ficarão afinal surpresos, ao verificarem que Cristo percebeu a palavra bondosa dita aos desanimados, e tomou nota das menores dádivas dadas para aliviar os pobres, e que custarão ao doador alguma abnegação. O Senhor pesa o espírito, e em conformidade com ele recompensa, e o puro, humilde, infantil espírito de amor, torna a oferta preciosa a Sua vista. -- The Review and Herald, 3 de Julho de 1894. CM 202 2 Como uma dádiva, não como um direito -- Pedro disse: "Eis que nós deixamos tudo, e Te seguimos; qual será então o nosso galardão?" Essa pergunta da parte de Pedro mostrou que ele pensava que certa quantidade de trabalho da parte dos apóstolos mereceria certa quantidade de recompensas. Havia entre os discípulos um espírito de condescendência, de exaltação própria, e faziam comparações entre eles mesmos. Se algum deles falhava de maneira assinalada, os outros se sentiam superiores. Jesus viu que se estava formando um espírito que devia ser detido. Podia ler o coração dos homens, e viu sua tendência para o egoísmo, na pergunta: "Qual será então o nosso galardão?" Devemos corrigir esse mal antes que ele assuma proporções gigantescas. CM 202 3 Os discípulos corriam o perigo de perder de vista os verdadeiros princípios do evangelho. Pelo uso dessa parábola [dos lavradores que foram chamados] ensina-lhes Ele que a recompensa não vem das obras, para que nenhum homem se glorie, mas vem toda da graça. O trabalhador chamado para a vinha no começo do dia teve sua recompensa na graça que lhe foi dada. Mas aquele a quem foi feito o último chamado teve a mesma graça que o primeiro tivera. A obra era toda de graça, e ninguém se devia gloriar sobre o outro. Não devia haver ressentimento de uns contra os outros. Ninguém recebeu maior privilégio do que o outro, nem podia alguém reclamar a recompensa como se esta fosse um direito seu. Pedro expressou os sentimentos de um mercenário. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1894. ------------------------Capítulo 66 -- Tesouro no céu CM 203 1 Cristo roga: "Ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem." Essa obra de transferir vossas posses para o mundo de cima é digna de todas as vossas melhores energias. É da maior importância, e envolve vossos interesses eternos. O que dais à causa de Deus não é perdido. Tudo o que é dado para a salvação de pessoas e para a glória de Deus, é empregado no empreendimento de maior êxito desta vida e da vida futura. Vossos talentos de ouro e prata, se dados aos banqueiros estão aumentando o valor, o que será registrado em vossa conta no reino dos Céus. Deveis ser os recipientes da riqueza eterna que aumentou na mão dos banqueiros. Ao dardes à obra de Deus, estais ajuntando para vós tesouros no Céu. Tudo o que ajuntais lá em cima está livre de desastre e perda e aumenta, tornando-se bens eternos e duradouros. CM 203 2 Lucro para o tempo e para a eternidade -- Deveis ter o determinado propósito de pôr cada faculdade de vosso ser ao serviço de Cristo. Ora Seu serviço é proveitoso para a vida atual e para a que há de vir. [...] CM 203 3 "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz." Se os olhos forem bons, se se dirigirem para o Céu, a luz do Céu encherá o coração, e as coisas terrenas parecerão insignificantes e nada convidativas. Mudar-se-á o propósito do coração, sendo atendida a admoestação de Jesus. Ajuntareis vosso tesouro no Céu. Vossos pensamentos se fixarão nas grandes recompensas da eternidade. Todos os vossos planos serão feitos tendo em vista a vida futura e imortal. Sereis atraídos para o vosso tesouro. Não buscareis os vossos próprios interesses mundanos, mas em todas as vossas prossecuções se fará a tácita indagação: "Senhor, que queres que eu faça?" A religião da Bíblia estará entretecida em vossa vida diária. CM 203 4 O cristão verdadeiro não permite que qualquer consideração terrena se interponha entre ele e Deus. O mandamento de Deus exerce positiva influência sobre seus afetos e ações. Se todo aquele que busca o reino de Deus e a Sua justiça estivesse sempre pronto para fazer as obras de Cristo, quanto mais fácil se tornaria a vereda para o Céu. [...] CM 203 5 Se o olho visar a glória de Deus, o tesouro será ajuntado lá em cima, a salvo de toda corrupção ou perda; e "onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração". Jesus será o modelo que procurareis imitar. A lei de Deus será o vosso deleite, e no dia do ajuste final de contas ouvireis as alegres palavras: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor". -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1888. CM 204 1 Fortalecendo os laços de união -- O Senhor fez de nós Seus despenseiros. CM 204 2 Põe em nossas mãos as Suas dádivas, para que repartamos com os que estão em necessidade, e é esse dar prático que será para nós seguro remédio para todo o egoísmo. Ao assim expressar amor para com os que necessitam de auxílio, fareis com que o coração do necessitado dê graças a Deus por Ele haver concedido aos irmãos a graça da beneficência, e feito com que aliviassem as necessidades do necessitado. CM 204 3 É pelo exercício desse amor prático que as igrejas se atraem cada vez mais na unidade cristã. Pelo amor aos irmãos é aumentado o amor a Deus, porque Ele não Se esqueceu dos que estavam angustiados, e assim ascendem a Deus ações de graças pelo Seu cuidado. "Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também abunda em muitas graças, que se dão a Deus ." A fé dos irmãos, em Deus, aumenta, e eles são levados a entregar-se a Deus como a um fiel Criador. "Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos". -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1894. CM 204 4 Gravados nas mãos de Cristo -- Cristo guardará o nome de todos os que não consideram custoso demais um sacrifício para Lhe ser oferecido sobre o altar da fé e do amor. Tudo Ele sacrificou pela humanidade caída. O nome do obediente, do que se sacrifica e é fiel será gravado nas palmas das Suas mãos; não será vomitado de Sua boca, mas tomado em Seus lábios, e Ele rogará especialmente em seu favor diante do Pai. Quando o egoísta e o orgulhoso forem esquecidos, eles serão lembrados; seu nome será imortalizado. Para que nós mesmos possamos ser felizes, devemos viver para tornar outros felizes. É bom para nós dar nossas posses, nossos talentos, e nossas afeições em grata devoção a Cristo, e dessa forma encontrar alegria aqui e imortal glória no além. -- Testimonies for the Church 3:250, 251. ------------------------Capítulo 67 -- Bênçãos temporais para os beneficentes CM 205 1 Quando a simpatia humana está misturada com amor e com a beneficência, e santificada pelo Espírito de Jesus, é um elemento que pode produzir grande bem. Os que cultivam a beneficência não estão somente fazendo uma boa obra em favor dos outros, e abençoando os que recebem a boa ação, mas também se estão beneficiando ao abrir o coração ao benigno influxo da verdadeira beneficência. CM 205 2 Cada raio de luz lançado sobre outros refletir-se-á em nosso próprio coração. Toda palavra bondosa e de simpatia dita ao aflito, todo ato para aliviar o oprimido, e toda dádiva feita para suprir as necessidades dos nossos semelhantes, dados ou feitos visando a glória de Deus, resultarão em bênçãos para o doador. Os que assim estão trabalhando, obedecem à lei do Céu, e receberão a aprovação de Deus. O prazer de fazer o bem aos outros comunica ao sentimento um brilho que irradia pelos nervos, apressa a circulação do sangue, e produz saúde mental e física. -- Testimonies for the Church 4:56. CM 205 3 Uma bênção curadora -- A afinidade que existe entre a mente e o corpo, é muito grande. Se um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente tem muito que ver com a saúde física. Se a mente está despreocupada e contente, sob a consciência do dever cumprido e com certo senso de satisfação por proporcionar felicidade a outros, isto criará uma alegria que reagirá sobre todo o organismo, produzindo mais perfeita circulação do sangue, a tonificação de todo o corpo. A bênção de Deus é um médico; e os que são generosos em beneficiar a outros, experimentarão essa maravilhosa bênção no próprio coração e vida. -- Testemunhos Seletos 1:179; Testimonies for the Church 1:60, 61. CM 205 4 A obra de beneficência tem dupla bênção -- A sabedoria divina determinou, no plano da salvação, a lei da ação e da reação, tornando a obra de beneficência, em todos os seus ramos, duplamente abençoada. Deus poderia ter realizado o Seu objetivo de salvar os pecadores sem o auxílio do homem, mas Ele sabia que o homem não poderia ser feliz sem ter uma parte na grande obra de redenção. Para que o homem não perdesse os benditos resultados da beneficência, nosso Redentor ideou o plano de alistá-lo como coobreiro Seu. -- The Review and Herald, 23 de Março de 1897. CM 206 1 Quebrado o poder da terra -- Cristo veio dar ao homem a riqueza da eternidade, e, pela ligação com Ele, devemos receber e partilhar essa riqueza. Não só aos pastores, mas também a todo crente Cristo diz: O mundo está envolto em trevas. Brilhe, portanto, vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem ao vosso Pai que está nos Céus. Todo aquele que verdadeiramente ama a Deus será uma luz no mundo. CM 206 2 Aquele que é cidadão do reino celestial constantemente olhará para as coisas que não se vêem. É quebrado o poder da Terra sobre a mente e o caráter. Ele tem a permanente presença do Hóspede celestial, segundo a promessa: "Eu o amarei, e a ele Me manifestarei." Como Enoque, anda com Deus em constante comunhão. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1910. CM 206 3 A vida terrena é enriquecida -- Não pode ser integral ou completo qualquer projeto ou plano para a vida que apenas compreenda os breves anos da existência presente, e não tome providências para o interminável futuro. Que se ensinem os jovens a tomar em consideração a eternidade. Sejam ensinados a escolher princípios e buscar possessões que sejam duradouros, a acumular para si aquele "tesouro nos Céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói"; a adquirir para si amigos "com as riquezas da injustiça", para que, quando estas faltarem, aqueles os possam receber "nos tabernáculos eternos". Lucas 12:33; 16:9. CM 206 4 Todos os que fazem isto estão efetuando a melhor preparação possível para a vida neste mundo. Ninguém poderá acumular tesouro no Céu sem que venha por isso mesmo a ver sua vida na Terra enriquecida e enobrecida. CM 206 5 "A piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir". 1 Timóteo 4:8. -- Educação, 145. CM 206 6 O coração do doador se expande -- As ofertas do pobre, dadas com abnegação para ajudar a difundir a preciosa luz da verdade salvadora, não somente serão para Deus um cheiro suave e Lhe serão completamente aceitáveis como uma dádiva consagrada, mas o próprio ato de dar expande o coração do doador, e o une cada vez mais ao Redentor do mundo. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1878. CM 206 7 A permanente promessa de Deus -- Sempre que o povo de Deus, em qualquer período do mundo, seguiu voluntária e alegremente o plano dEle quanto à doação sistemática e às dádivas e ofertas, verificaram Sua permanente promessa de que todos os seus labores seriam seguidos de prosperidade proporcional à obediência que dispensavam ao que deles requeria. Quando reconheciam os direitos de Deus, e Lhe satisfaziam às reivindicações, honrando-O com seus recursos, seus celeiros enchiam-se de abundância. -- Testemunhos Seletos 1:375. ------------------------Capítulo 68 -- Participando das alegrias dos remidos CM 207 1 Há uma recompensa para os obreiros sinceros, nada interesseiros que entram neste campo, e também para os que voluntariamente contribuem com seus recursos para a sua manutenção. Todos os que se empenham no trabalho ativo no campo, como os que dão seus meios para sustentar esses obreiros, participarão das alegrias dos fiéis. CM 207 2 Todo mordomo fiel dos bens que lhe foram confiados, entrará no gozo do seu Senhor. Que é esse gozo? -- "Digo-vos que assim haverá [...] alegria no Céu sobre um pecador que se arrependa." Haverá um bendito louvor, uma santa bênção aos fiéis ganhadores evangelistas. Unir-se-ão aos que se regozijam no Céu, que aclamam e festejam a colheita. CM 207 3 Quão grande será a alegria quando os remidos do Senhor se encontrarem -- reunidos nas mansões para eles preparadas! Oh, que regozijo para todos os que têm sido imparciais e desinteressados cooperadores de Deus em levar avante a Sua obra na Terra! Que satisfação terão todos os ceifeiros quando se ouvir a voz clara e musical de Jesus dizendo: "Vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." "Entra no gozo do teu Senhor." CM 207 4 O Redentor é glorificado por não ter morrido em vão. Com o coração regozijante, vêem os que têm sido colaboradores de Deus o seu trabalho em favor dos pecadores moribundos, a perecer, e estão satisfeitos. As ansiosas horas que passaram, as perturbadoras circunstâncias que tiveram de enfrentar, as tristezas de coração sofridas porque alguns recusaram ver e receber as coisas que lhe dariam a paz, estão esquecidas. A abnegação que praticaram para sustentar a obra, não mais é lembrada. Ao contemplarem os salvos que procuraram ganhar para Jesus, e as verem salvas -- eternamente salvas -- ecoam pelas arcadas celestes exclamações de louvor e ação de graça. -- The Review and Herald, 10 de Outubro de 1907. CM 207 5 Maior a realização do que a expectativa -- Cristo aceitou a humildade, e levou na Terra uma vida pura e santificada. Por essa razão, recebeu a designação de juiz. Aquele que ocupa a posição de juiz é Deus manifesto na carne. Que alegria será reconhecer nEle nosso Mestre e Redentor, que ainda traz as marcas da crucifixão, das quais irradiam brilhantes raios de glória, que dão adicional valor às coroas que os remidos Lhe recebem das mãos, as mesmas mãos que se estenderam para abençoar os discípulos, na Sua ascensão. A mesma voz que disse: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação do mundo", dá aos Seus resgatados as boas-vindas à Sua presença. CM 208 1 O mesmo que deu Sua preciosa vida por eles, que pela Sua graça lhes moveu o coração levando-os ao arrependimento, que lhes fez ver a necessidade de arrependimento, recebe-os, agora, em Seu júbilo. Oh, como eles O amam! A realização de Sua esperança é infinitamente maior do que a expectativa. Sua alegria é completa, e eles tomam suas cintilantes coroas e as depõem aos pés de seu Redentor. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1901. CM 208 2 A segura promessa -- Há muito vimos nós esperando a volta de nosso Salvador. Mas nem por isso é a promessa menos segura. Logo estaremos no lar que nos foi prometido. Ali Jesus nos guiará ao longo das vivas correntes de águas que fluem do trono de Deus, e nos explicará as sombrias providências pelas quais nos conduziu para nos aperfeiçoar o caráter. Ali veremos a cada lado as belas árvores do Paraíso e, no meio delas, a árvore da vida. Ali contemplaremos com clara visão as belezas do Éden restaurado. Lançaremos, ali, aos pés de nosso Redentor, as coroas que nos colocou na cabeça, e, tangendo nossas harpas de ouro, daremos louvor e ação de graças Àquele que está assentado no trono. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1903. CM 208 3 Falta pouco tempo -- Dentro de pouco tempo Jesus virá para salvar Seus filhos e dar-lhes o toque final da imortalidade. Este corpo corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e este corpo mortal se revestirá da imortalidade. As sepulturas se abrirão, e os mortos sairão vitoriosos, clamando: "Onde está, ó morte o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" Os nossos queridos, que dormem em Jesus, sairão revestidos da imortalidade. CM 208 4 E, ao ascenderem os remidos aos Céus, abrir-se-ão os portais da cidade de Deus de par em par, e neles entrarão os que observaram a verdade. Ouvir-se-á uma voz mais bela que qualquer música que já soou aos ouvidos mortais, dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Então os justos receberão sua recompensa. Sua vida correrá paralela à vida de Jeová. Lançarão suas coroas aos pés do Redentor, tangerão as harpas de ouro e encherão todo o Céu de bela música. -- The Signs of the Times, 15 de Abril de 1889. ------------------------Conselhos Aos Pais, Professores E Estudantes CP 11 1 Capítulo 1 -- O Conhecimento Essencial CP 19 1 Capítulo 2 -- A Primeira das Ciências CP 25 1 Capítulo 3 -- O Único Educador Seguro CP 32 1 Capítulo 4 -- Serviço Abnegado -- a Lei do Céu CP 41 1 Capítulo 5 -- Crianças e Jovens Exigem Nosso Cuidado CP 49 1 Capítulo 6 -- O Objetivo Primordial da Educação CP 56 1 Capítulo 7 -- O Modelo Celestial CP 61 1 Capítulo 8 -- A Formação do Caráter CP 64 1 Capítulo 9 -- Os Mestres e o Ensino CP 73 1 Capítulo 10 -- A Devida Educação CP 86 1 Capítulo 11 -- Nosso Colégio CP 98 1 Capítulo 12 -- O Comportamento dos Alunos CP 107 1 Capítulo 13 -- A Primeira Escola da Criança CP 119 1 Capítulo 14 -- Salvaguardar os Jovens CP 132 1 Capítulo 15 -- Que Vão Ler Nossos Filhos? CP 140 1 Capítulo 16 -- A Parábola da Semente em Crescimento CP 145 1 Capítulo 17 -- Lições de Prestatividade CP 150 1 Capítulo 18 -- Cooperação Entre o Lar e a Escola CP 158 1 Capítulo 19 -- As Escolas do Lar CP 165 1 Capítulo 20 -- Nossa Responsabilidade CP 168 1 Capítulo 21 -- Uma Obra em Favor dos Nossos Filhos CP 173 1 Capítulo 22 -- A Obra das Escolas de Igreja CP 178 1 Capítulo 23 -- Cristo Como Exemplo e Mestre de Jovens CP 181 1 Capítulo 24 -- A Lição Bíblica CP 185 1 Capítulo 25 -- Lições da Natureza CP 191 1 Capítulo 26 -- Sob a Disciplina de Cristo CP 203 1 Capítulo 27 -- Escolas Intermediárias CP 215 1 Capítulo 28 -- O Valor das Matérias Comuns CP 220 1 Capítulo 29 -- A Influência das Companhias CP 229 1 Capítulo 30 -- Algumas Necessidades do Professor Cristão CP 237 1 Capítulo 31 -- A Necessidade de Fazermos o Melhor CP 248 1 Capítulo 32 -- Mais Profunda Consagração CP 253 1 Capítulo 33 -- A Importância da Simplicidade CP 256 1 Capítulo 34 -- Uma Advertência CP 259 1 Capítulo 35 -- O Grande Mestre CP 264 1 Capítulo 36 -- A Disciplina Cristã CP 273 1 Capítulo 37 -- A Dignidade do Trabalho CP 281 1 Capítulo 38 -- Palavras de Conselho CP 285 1 Capítulo 39 -- Trabalho Físico Para os Alunos CP 294 1 Capítulo 40 -- Saúde e Eficiência CP 302 1 Capítulo 41 -- Princípios do Vestuário Saudável CP 307 1 Capítulo 42 -- Preparo Prático CP 321 1 Capítulo 43 -- Como Luzes no Mundo CP 325 1 Capítulo 44 -- Perigosas Diversões Para os Jovens CP 331 1 Capítulo 45 -- O Estabelecimento de Retos Princípios na Juventude CP 336 1 Capítulo 46 -- Recreação Cristã CP 338 1 Capítulo 47 -- Diversões Mundanas CP 343 1 Capítulo 48 -- Feriados Para Deus CP 346 1 Capítulo 49 -- Como Passar os Feriados CP 348 1 Capítulo 50 -- O Perigo nas Diversões CP 357 1 Capítulo 51 -- O Auxílio do Espírito Santo é Necessário aos Professores CP 363 1 Capítulo 52 -- Deixar de Reconhecer o Mensageiro de Deus CP 369 1 Capítulo 53 -- A Operação do Espírito Santo CP 377 1 Capítulo 54 -- O Falso e o Verdadeiro na Educação CP 389 1 Capítulo 55 -- O Conhecimento que Permanece CP 397 1 Capítulo 56 -- Em Cooperação com Cristo CP 401 1 Capítulo 57 -- Aos Mestres e Alunos CP 404 1 Capítulo 58 -- Rápido Preparo Para a Obra CP 421 1 Capítulo 59 -- A Palavra de Deus, um Tesouro CP 427 1 Capítulo 60 -- O Livro dos Livros CP 431 1 Capítulo 61 -- O Professor de Educação Religiosa CP 438 1 Capítulo 62 -- O Fracasso no Estudo da Palavra de Deus CP 448 1 Capítulo 63 -- Alguns Resultados do Estudo da Bíblia CP 453 1 Capítulo 64 -- A Palavra e as Obras de Deus CP 460 1 Capítulo 65 -- Estudar a Bíblia Sozinho CP 465 1 Capítulo 66 -- Chamado Para Missionários Médicos-Evangelistas CP 474 1 Capítulo 67 -- O Estudante de Medicina CP 485 1 Capítulo 68 -- Crescimento Espiritual CP 493 1 Capítulo 69 -- A Educação Como Preparo Para o Serviço CP 500 1 Capítulo 70 -- Adquirir Eficiência CP 507 1 Capítulo 71 -- Eficiência Mediante o Serviço CP 509 1 Capítulo 72 -- A Mais Essencial Educação Para Obreiros Evangélicos CP 511 1 Capítulo 73 -- "Conforme o que o Homem Tem" CP 514 1 Capítulo 74 -- Jovens Como Missionários CP 519 1 Capítulo 75 -- Cooperação Entre Escolas e Hospitais CP 524 1 Capítulo 76 -- Visão Mais Ampla CP 529 1 Capítulo 77 -- Experiência Animadora CP 531 1 Capítulo 78 -- Educação Missionária CP 535 1 Capítulo 79 -- Jovens Portadores de Responsabilidades CP 541 1 Capítulo 80 -- Sociedades Literárias CP 545 1 Capítulo 81 -- A Obra Missionária dos Alunos ------------------------Capítulo 1 -- O Conhecimento Essencial CP 11 1 A mais elevada educação é o conhecimento experimental do plano da salvação, adquirido por meio de sincero e diligente estudo das Escrituras. Essa educação renovará o entendimento e transformará o caráter, restaurando a imagem de Deus na alma. Fortalecerá a mente contra as enganosas insinuações do adversário, e nos habilitará a compreender a voz de Deus. Ensinará o discípulo a tornar-se um coobreiro de Jesus Cristo, a extinguir a obscuridade moral que o rodeia e a levar luz e conhecimento aos homens. Ela é a singeleza da verdadeira piedade - nosso certificado da escola preparatória da Terra para a escola superior do alto. CP 11 2 Não há mais elevada educação a adquirir, do que a que foi ministrada aos primeiros discípulos, e que nos é revelada mediante a Palavra de Deus. Obter a mais alta educação é seguir implicitamente essa palavra; isso significa andar nas pegadas de Cristo e exercer Suas virtudes. Importa renunciar ao egoísmo e consagrar a vida ao serviço de Deus. A mais elevada educação requer algo maior e mais divino do que o conhecimento que se obtém meramente dos livros. Ela significa um conhecimento individual, experimental de Cristo; quer dizer emancipação de idéias, hábitos e práticas adquiridos na escola do príncipe das trevas, e que se opõem à lealdade para com Deus. Quer dizer subjugar a obstinação, o orgulho, o egoísmo, as ambições mundanas, a incredulidade. É a mensagem da libertação do pecado. CP 12 1 Século após século, a curiosidade dos homens os tem levado a procurar a árvore do conhecimento. E muitas vezes pensam eles estar colhendo fruto muito essencial quando, em realidade, é vaidade, é nada em comparação com a ciência da verdadeira santidade, a qual lhes abriria as portas da cidade de Deus. A ambição humana busca o conhecimento que lhes trará glória, exaltação própria e supremacia. Assim foram Adão e Eva influenciados por Satanás até que a restrição imposta por Deus foi partida de meio a meio, começando sua educação com o mestre da mentira. Adquiriram o que Deus lhes recusara - o conhecimento das conseqüências da transgressão. CP 12 2 A árvore da ciência, assim chamada, tem-se tornado instrumento de morte. Satanás tem entretecido astuciosamente seus dogmas, suas falsas teorias na instrução dada. Da árvore da ciência, profere ele as mais aprazíveis lisonjas quanto à educação superior. Milhares participam do fruto dessa árvore, mas isso significa para eles morte. Cristo diz: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão?" (Is 55:2). Estais empregando os talentos que vos foram confiados pelo Céu na busca de uma educação que Deus declara ser loucura. CP 12 3 A idéia de que a educação é um fracasso grava-se no espírito de todo estudante, a menos que o entendimento aprenda a apoderar-se das verdades da revelação divina, e o coração aceite os ensinos do evangelho de Cristo. O estudante que, em lugar dos vastos princípios da Palavra de Deus, aceita idéias comuns e permite que a mente e tempo sejam absorvidos com assuntos triviais verificará que seu espírito vai diminuindo e enfraquecendo. Perderá a faculdade do desenvolvimento. A mente deve ser exercitada para compreender as importantes verdades concernentes à vida eterna. CP 13 1 Foi-me mostrado que devemos levar a mente dos estudantes a mais alto nível do que atualmente se julga possível. O coração e o espírito devem ser exercitados a conservar a pureza mediante diária recepção de provisões da fonte da verdade eterna. A educação adquirida pelo estudo da Palavra de Deus dilatará o estreito âmbito da instrução humana e apresentará à mente conhecimento, incomparavelmente mais profundo, a ser alcançado por meio de vital ligação com Deus. Ela introduzirá todo estudante que seja cumpridor da Palavra em um mais vasto campo de idéias ao mesmo tempo que lhe garantirá uma riqueza de saber que se não dissipará. Sem esse conhecimento, é certo que o homem perde a vida eterna; possuindo-o, estará habilitado a tornar-se companheiro dos santos na luz. CP 13 2 A mente e a mão divinas têm conservado, através dos séculos, em sua pureza, o relatório da Criação. É unicamente a Palavra de Deus que nos dá autêntico relato da criação do mundo. Essa Palavra tem de ser o principal estudo em nossas escolas. Nela podemos aprender quanto custou nossa redenção Àquele que, desde o princípio, era igual ao Pai, e que sacrificou a própria vida para que houvesse um povo que, redimido de tudo quanto é terreno, renovado à imagem de Deus, pudesse subsistir em Sua presença. CP 14 1 As providências e concessões de Deus em nosso favor são sem limites. O trono da graça é, em si mesmo, a mais elevada atração, visto ser ocupado por um Ser que nos permite chamar-Lhe Pai. Mas Jeová não considerou completo o plano da salvação enquanto nele estivesse depositado apenas Seu amor. Colocou em Seu altar um Advogado revestido de Sua própria natureza. A obra de Cristo, como nosso intercessor, é apresentar-nos a Deus como filhos e filhas. Ele intercede em favor daqueles que O recebem. Com o próprio sangue pagou-lhes o resgate. Pela virtude dos próprios méritos, dá-lhes poder de se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. E o Pai demonstra o amor infinito que a Cristo tem, recebendo com agrado os amigos de Cristo como amigos Seus. Está satisfeito com a expiação efetuada. É glorificado pela encarnação, vida, morte e mediação de Seu Filho. CP 14 2 A ciência da salvação, a ciência da genuína piedade, o conhecimento revelado desde a eternidade, que penetra no desígnio de Deus, exprime-Lhe a mente e Lhe revela o propósito - eis a ciência que o Céu avalia como a mais importante. Caso nossa juventude obtenha esse conhecimento, será capaz de adquirir tudo mais que seja essencial; se não o obtiver, porém, todo conhecimento que venha a adquirir do mundo, não a colocará nas fileiras do Senhor. Poderá reunir todo o saber que os livros possam proporcionar, e ser, todavia, ignorante dos primeiros princípios daquela justiça que lhe comunicará caráter digno da aprovação de Deus. Perigos da Educação Mundana CP 15 1 A muitos que põem seus filhos em nossas escolas sobrevirão fortes tentações porque desejam que eles consigam o que o mundo considera como a educação essencial. A esses, desejo dizer: Trazei vossos filhos à simplicidade da Palavra e estarão livres de perigo. Esse Livro é o fundamento de todo verdadeiro conhecimento. A mais elevada educação que eles possam receber consiste em aprender como acrescentar à sua "fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, o amor fraternal, e ao amor fraternal, a caridade. ... Se em vós houver e aumentarem estas coisas", declara a Palavra de Deus, "não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. ... Fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe 1:5-8, 10, 11). CP 15 2 Quando a Palavra de Deus é posta de parte, sendo substituída por livros que desviam as pessoas de Deus, e que confundem o entendimento no que respeita aos princípios do reino dos Céus, a educação dada é uma perversão do que se entende por este nome. A menos que o estudante tenha um alimento mental puro, completamente excluído daquilo a que se chama "educação superior", e que está misturado com sentimentos de incredulidade, não pode ele verdadeiramente conhecer a Deus. Unicamente os que cooperam com o Céu no plano da salvação podem saber o que significa, em sua simplicidade, a verdadeira educação. CP 15 3 Os que procuram a educação que o mundo tem em tão alta estima são gradualmente levados para mais longe dos princípios da verdade, até que se tornam mundanos educados. Por que preço adquiriram sua educação! Separaram-se do Espírito Santo de Deus. Preferiram aceitar o que o mundo chama saber, em lugar das verdades que Deus confiou aos homens mediante Seus ministros, apóstolos e profetas. CP 16 1 E alguns há que, tendo adquirido essa educação mundana, julgam que a possam introduzir em nossas escolas. Há o perigo constante de que aqueles que trabalham em nossas escolas e hospitais alimentem a idéia de que devem acompanhar o mundo, estudar as coisas que o mundo estuda, e familiarizar-se com o que o mundo se familiariza. Cometeremos graves erros se não dermos atenção especial à pesquisa da Palavra. A Bíblia não deveria ser trazida às nossas escolas para ser tolhida entre a incredulidade. A Palavra de Deus deve ser a obra fundamental e o assunto da educação. É verdade que sabemos muito mais dessa Palavra do que sabíamos no passado, mas ainda há muito a ser aprendido. CP 16 2 A verdadeira "educação superior" é transmitida por Aquele com quem estão a "sabedoria e a força" (Jó 12:13) e de cuja boca "vem o conhecimento e o entendimento" (Pv 2:6). Todo saber e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento de Deus. Para onde quer que nos volvamos, seja para o mundo físico, intelectual ou espiritual; no que quer que contemplemos, afora a mancha do pecado, revela-se esse conhecimento. Qualquer que seja o ramo de pesquisa a que procedamos com um sincero propósito de chegar à verdade, somos postos em contato com a Inteligência invisível e poderosa que opera em tudo e através de tudo. A mente humana é colocada em comunhão com a mente divina, o finito com o Infinito. O efeito de tal comunhão sobre o corpo, o espírito e a alma está além de toda estimativa. Educação, p. 14. CP 17 1 Todo verdadeiro trabalho educativo centraliza-se no Mestre enviado de Deus. De Sua obra hoje, precisamente como da que estabeleceu há mil e oitocentos anos, fala o Salvador nestes termos: "Eu sou o Primeiro e o Último e o que vive" (Ap 1:17, 18). "Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim" (Ap 21:6). CP 17 2 Dispondo de tal Ensinador, e tais oportunidades para instrução divina, é mais que loucura procurar educação fora dEle. É inútil procurar ser sábio desviado da Sabedoria, querer ser verdadeiro rejeitando a Verdade, procurar iluminação fora da Luz, e existência sem a Vida, enfim, deixar a Fonte das águas vivas e cavar cisternas rotas que não podem fornecer água. Educação, p. 83. CP 17 3 Caro professor, quando considerais vossa necessidade de força e guia, necessidade essa que nenhuma fonte humana poderia suprir, convido-vos a considerar as promessas dAquele que é o Conselheiro maravilhoso: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta", diz Ele, "e ninguém a pode fechar" (Ap 3:8). "Clama a Mim, e responder-te-ei" (Jr 33:3). "Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os Meus olhos" (Sl 32:8). "Eu estou convosco... até à consumação dos séculos" (Mt 28:20). CP 18 1 Como o mais elevado preparo para o vosso trabalho, indico-vos as palavras, a vida e os métodos do Príncipe dos professores. Convido-vos a considerá-Lo. NEle está o vosso verdadeiro ideal. Contemplai-O, demorai-vos em Sua consideração, até que o Espírito do Mestre divino tome posse de vosso coração e vida. "Refletindo, como um espelho, a glória do Senhor", sereis "transformados... na mesma imagem" (2Co 3:18). Educação, p. 282. CP 18 2 O progresso na verdadeira educação não se harmoniza com o egoísmo. O verdadeiro conhecimento vem de Deus, e para Deus volve. Seus filhos devem receber a fim de poder dar novamente. Aqueles que, mediante a graça de Deus, receberam benefícios intelectuais e espirituais devem levar outros consigo, ao avançarem para maior excelência. E essa obra, feita para promover o bem de outros, terá a cooperação de poderes invisíveis. À medida que prosseguirmos fielmente com a obra, teremos mais altas aspirações de justiça e santidade, e um perfeito conhecimento de Deus. Tornamo-nos, nesta vida, completos em Cristo, e nossas aumentadas aptidões serão levadas conosco para as cortes celestiais. ------------------------Capítulo 2 -- A Primeira das Ciências CP 19 1 O conhecimento da verdadeira ciência é poder; e é o desígnio de Deus que esse conhecimento seja ensinado em nossas escolas como preparo para a obra que precederá às cenas finais da história terrestre. A verdade deve ser levada aos mais remotos limites da Terra por meio de instrumentos exercitados para essa obra. CP 19 2 Mas ao passo que o conhecimento da ciência é poder, o conhecimento que Jesus veio em pessoa comunicar é poder ainda maior. A ciência da salvação é a mais importante das ciências a ser aprendida na preparatória escola terrestre. É desejável a sabedoria de Salomão, mas a de Cristo é incomparavelmente mais desejável e essencial. Não podemos chegar a Cristo mediante simples preparo intelectual; por meio dEle, porém, é-nos dado atingir o mais elevado lance da escada na grandeza intelectual. Ao passo que a busca do conhecimento na arte, na literatura e no comércio não deve ser desencorajada, o de que primeiro deve o estudante assegurar-se é o conhecimento experimental de Deus e Sua vontade. CP 19 3 A oportunidade de aprender a ciência da salvação é posta ao alcance de todos. Mediante o permanecer em Cristo, fazer Sua vontade e exercer fé simples em Sua Palavra, mesmo os não instruídos na sabedoria do mundo podem adquirir esse conhecimento. À alma humilde e confiante, o Senhor revela que todo verdadeiro conhecimento conduz em direção ao Céu. Dominando a Ciência CP 20 1 Há uma ciência do Cristianismo a ser dominada - ciência tão mais profunda, ampla e elevada que qualquer outra ciência, quanto o Céu está mais alto do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada e exercitada; pois os homens devem fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com sua inata inclinação. Muitas vezes devem o preparo e a educação de toda uma existência ser rejeitados a fim de que a pessoa se torne discípula na escola de Cristo. O coração deve ser educado a firmar-se em Deus. Adultos e jovens precisam formar hábitos de pensamento que os habilitem a resistir à tentação. Cumpre-lhes aprender a olhar para o alto. Os princípios da Palavra de Deus - princípios tão elevados como o céu e que abrangem a eternidade - devem ser compreendidos em sua relação para com a vida diária. Todo ato, palavra e pensamento devem estar em harmonia com esses princípios. CP 20 2 Nenhuma outra ciência é igual à que desenvolve na vida do estudante o caráter de Deus. Os que se tornam seguidores de Cristo verificam que lhes são inspirados novos motivos de ação, surgem pensamentos novos, devendo isso dar em resultado novas ações. Mas só podem fazer progressos por meio de lutas; pois há um inimigo que continuamente contende com eles, apresentando tentações que levem a alma à dúvida e ao pecado. Há tendências hereditárias e cultivadas para o mal que precisam ser vencidas. O apetite e a paixão devem ser postos sob o controle do Espírito Santo. Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constantes batalhas a ferir, há também preciosas vitórias a ganhar; e o triunfo sobre o próprio eu e o pecado é tão valioso que nosso espírito não o pode apreciar. O Verdadeiro Êxito na Educação CP 21 1 O verdadeiro êxito na educação, bem como em tudo mais, obtém-se conservando os olhos na vida por vir. A família humana, mal inicia a vida, já começa a morrer; e o incessante labor do mundo finda em nada, a menos que se consiga verdadeiro conhecimento quanto à vida eterna. Aquele que sabe dar valor ao tempo de graça, como a escola preparatória da vida, empregá-lo-á em garantir-se um título às mansões celestes, o lugar de membro da escola superior. Para essa escola deve a juventude ser educada, disciplinada e preparada pela formação de caráter digno da aprovação de Deus. CP 21 2 Caso os alunos sejam levados a compreender que o objetivo de serem criados é honrar a Deus e beneficiar a seus semelhantes; se reconhecerem o terno amor que o Pai do Céu lhes tem manifestado e o alto destino para que os deve preparar a disciplina desta vida - a dignidade e a honra de se tornarem filhos de Deus - milhares se desviarão dos baixos e interesseiros objetivos e dos frívolos prazeres que até então os absorveram. Aprenderão a odiar o pecado, a fugir-lhe, não simplesmente pela esperança da recompensa ou o temor do castigo, mas pelo senso da inerente baixeza do mesmo pecado - porque ele degrada as faculdades recebidas de Deus e lança uma mancha sobre sua varonilidade. Os elementos de caráter que tornam o homem bem-sucedido e honrado entre os homens - o irreprimível desejo de um bem maior, a indômita vontade, o esforço tenaz, a incansável perseverança - não serão esmagados. Pela graça de Deus, dirigir-se-ão a objetivos tão mais elevados que os meros interesses temporais e egoístas, como os Céus estão mais altos do que a Terra. CP 22 1 "Deus", escreveu o apóstolo Paulo, vos elegeu "desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade" (2Ts 2:13). Nesse texto revelam-se os dois agentes na obra da salvação - a influência divina e a fé forte e viva, dos que seguem a Cristo. É mediante a santificação do Espírito e a crença da verdade que nos tornamos coobreiros de Deus. Cristo aguarda a cooperação de Sua igreja. Não é desígnio Seu acrescentar novo elemento de eficiência à Sua Palavra; Ele fez Sua grande obra em comunicar a própria inspiração à Palavra. O sangue de Jesus Cristo, o Espírito Santo e a Palavra Divina pertencem-nos. O objeto de todas essas providências celestes acha-se perante nós - a salvação das almas por quem Cristo morreu; e de nós depende apoderar-nos das promessas dadas por Deus, tornando-nos Seus colaboradores. Agentes divinos e humanos devem cooperar na obra. CP 22 2 "Todo aquele que é da verdade", declarou Cristo, "ouve a Minha voz" (Jo 18:37). Havendo-Se achado nos concílios de Deus, tendo habitado nas sempiternas alturas do santuário, todos os elementos da verdade nEle se achavam e a Ele pertenciam. Ele era um com Deus. Significa mais do que podem compreender mentes finitas o apresentar em todo esforço missionário a Cristo, e Ele crucificado. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e, pelas Suas pisaduras, fomos sarados" (Is 53:5). "Aquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus" (2Co 5:21). Cristo crucificado por nossos pecados; Cristo ressuscitado dos mortos; Cristo assunto ao alto como nosso intercessor - eis a ciência da salvação que precisamos aprender e ensinar. Essa deve ser a preocupação de nossa obra. CP 23 1 A cruz de Cristo - ensinai-a repetidamente a todo aluno. Quantos acreditam que ela seja o que é? Quantos a introduzem em seus estudos, e lhe conhecem a verdadeira significação? Poderia acaso haver em nosso mundo um cristão sem a cruz de Cristo? Mantende, pois, a cruz erguida em vossas escolas como o fundamento da verdadeira educação. A cruz de Cristo se acha exatamente tão perto de nossos professores, e devia ser tão perfeitamente compreendida por eles, como aconteceu com Paulo, que podia declarar: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo" (Gl 6:14). CP 23 2 Que os professores, do mais elevado ao mais humilde, procurem compreender o que quer dizer gloriar-se na cruz de Cristo. Então, por preceito e por exemplo, poderão ensinar aos alunos as bênçãos que ela traz aos que a carregam varonil e bravamente. O Salvador declara: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me" (Mt 16:24). E a todos quantos a erguem e conduzem após Cristo, a cruz é um penhor da coroa da imortalidade que hão de receber. CP 23 3 Os educadores que não trabalharem nesse sentido não merecem o nome que usam. Mestres, desviai-vos do exemplo do mundo, cessai de aplaudir os chamados grandes homens; desviai a mente de vossos alunos da glória de qualquer coisa que não seja a cruz de Cristo. O Messias crucificado é o centro de todo o Cristianismo. As lições mais importantes para os mestres e os discípulos, são as que encaminham, não para o mundo, mas do mundo para a cruz do Calvário. CP 24 1 A santidade, ou seja, a semelhança com Deus é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta a senda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo do verdadeiro conhecimento. Mas seus esforços se dirigirão a objetos tanto mais elevados que os meros interesses egoístas e temporais quanto os Céus se acham mais alto do que Terra. CP 24 2 Aquele que coopera com o propósito divino, transmitindo à juventude o conhecimento de Deus, e moldando-lhes o caráter em harmonia com o Seu, realiza uma elevada e nobre obra. Suscitando o desejo de atingir o ideal de Deus, apresenta uma educação que é tão alta como o Céu e tão extensa como o Universo; uma educação que não se poderá completar nesta vida, mas que se prolongará na vindoura; educação que garante ao estudante eficiente sua promoção da escola preparatória da Terra para o curso superior - a escola celestial. Educação, p. 18, 19. ------------------------Capítulo 3 -- O Único Educador Seguro CP 25 1 Há no mundo duas espécies de educadores. Uma delas compõe-se dos que Deus torna condutos de luz; a outra, daqueles que Satanás emprega como agentes seus, sábios em fazer o mal. Uma espécie contempla o caráter de Deus e progride no conhecimento de Jesus. Esses entregam-se inteiramente às coisas que trazem iluminação e sabedoria celestiais para elevação da alma. Toda aptidão de sua natureza é submetida a Deus; mesmo seus pensamentos são levados cativos a Cristo. A outra espécie acha-se em coligação com o príncipe das trevas, o qual está sempre alerta a uma oportunidade de ensinar a outros a ciência do mal, e que, caso lhe seja concedido lugar, não tarda em abrir caminho ao coração e à mente. CP 25 2 Grande é a necessidade de elevar a norma da justiça em nossas escolas e de dar instruções segundo Deus. Entrasse Cristo em nossas instituições de educação para a mocidade, e as purificaria como fez com o templo, banindo muitas coisas que exercem influência contaminadora. Muitos dos livros de estudo dos jovens seriam eliminados, sendo substituídos por outros de molde a comunicar conhecimento substancioso, abundantes de sentimentos próprios para serem entesourados no coração, e em preceitos que poderiam com segurança reger a conduta. CP 25 3 Será desígnio do Senhor que falsos princípios, raciocínios estranhos e enganos de Satanás sejam postos perante o espírito dos jovens e das crianças? Serão sentimentos pagãos e infiéis apresentados a nossos estudantes como valiosos acréscimos a sua reserva de conhecimentos? As obras dos mais intelectuais dos céticos são o produto de um espírito prostituído ao serviço do adversário. Hão de os que se dizem reformadores, que buscam dirigir as crianças e os jovens no reto caminho, no trilho aberto para os remidos do Senhor, imaginar que Deus queria que eles apresentassem aos jovens para estudo aquilo que Lhe desfigurará o caráter, e O apresentará sob um falso aspecto? Serão os sentimentos dos incrédulos e as expressões de homens dissolutos defendidos como merecedores da atenção dos estudantes, pelo fato de serem o produto de homens a quem o mundo admira como grandes pensadores? Hão de homens que professam crer em Deus colher de tais autores profanos as expressões e sentimentos, entesourando-os como jóias preciosas para serem conservadas entre as riquezas do espírito? De modo nenhum! CP 26 1 O Senhor concedeu a esses homens, admirados pelo mundo, incalculáveis dotes intelectuais; dotou-os de cérebros superiores; eles, porém, não empregam suas faculdades para glória de Deus. Qual Satanás, esses homens dEle se separaram; assim fazendo conservaram, não obstante, ainda muitas das preciosas gemas de pensamento que Deus lhes doara. Colocaram-nas em um engaste de erros, para dar realce aos próprios sentimentos humanos a fim de tornar atrativas as enunciações inspiradas pelo príncipe do mal. CP 26 2 É verdade que nos escritos dos pagãos e infiéis se encontram pensamentos de ordem elevada, atrativos para o espírito. Há, porém, razão para isso. Não foi Satanás o portador de luz, o participante da glória de Deus no Céu, o primeiro depois de Jesus, em poder e majestade? Nas Palavras da Inspiração, é ele descrito como o que conferia a medida, "cheio de sabedoria e perfeito em formosura" (Ez 28:12). O profeta declara: "Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti" (Ez 28:14, 15). CP 27 1 A grandeza e o poder com que o Criador dotou Lúcifer foram por este pervertidos; todavia, quando convém aos seus desígnios, ele pode comunicar aos homens sentimentos encantadores. Satanás pode inspirar a seus agentes pensamentos que parecem elevados e nobres. Não se dirigiu ele a Cristo citando as Escrituras quando buscava vencê-Lo com sedutoras tentações? É assim que ele se aproxima dos homens, disfarçando suas tentações sob a aparência de bondade e fazendo-os acreditar ser ele o amigo e não o inimigo da raça humana. Por essa maneira tem enganado e seduzido a humanidade, iludindo com sutis tentações e confundindo com artificiosos enganos. Deus Falsamente Apresentado CP 27 2 Satanás tem atribuído a Deus todos os males herdados pela carne. Tem-No representado como um Deus que Se deleita nos sofrimentos de Suas criaturas, vingativo e implacável. Foi Satanás que deu origem à doutrina do tormento eterno como castigo pelo pecado, pois assim podia levar os homens à incredulidade e à rebelião, perturbar as almas e destronar a razão humana. CP 28 1 Olhando para baixo, o Céu viu as ilusões a que estavam sendo os homens induzidos, e achou que era preciso vir à Terra um divino Instrutor. Em virtude das falsas apresentações do inimigo, muitos ficaram tão ludibriados que adoraram um falso deus, revestido dos atributos do caráter satânico. Os que se achavam em ignorância e trevas morais, deviam ter luz, luz espiritual; pois o mundo desconhecia a Deus, e Ele Se lhe devia revelar ao entendimento. Do Céu olhou a verdade para baixo, e não viu o reflexo da própria imagem; pois densas nuvens de sombras e escuridão espirituais envolviam o mundo. Unicamente o Senhor Jesus era capaz de dispersar as nuvens; porquanto Ele é a luz do mundo. Por Sua presença podia dissipar a negra sombra lançada por Satanás entre o homem e Deus. Representação Genuína CP 28 2 O Filho de Deus veio à Terra a fim de revelar o caráter do Pai aos homens, para que pudessem aprender a adorá-Lo em espírito e verdade. Veio para semear o mundo com a verdade. Em Suas mãos estavam as chaves de todos os tesouros da sabedoria, sendo-Lhe dado abrir portas à ciência e revelar não descobertas jazidas de conhecimento, fosse isso essencial à salvação. À Luz que ilumina a todo homem que vem ao mundo era patente todo aspecto da verdade. CP 29 1 Nos dias de Cristo, os mestres estabelecidos instruíam os homens nas tradições dos pais, em fábulas de crianças, ensinos a que se misturavam as opiniões dos que eram considerados altas autoridades. Todavia nem elevados nem humildes podiam achar luz ou força nesses ensinos. CP 29 2 Jesus falava como nenhum outro homem jamais falara. Derramara sobre os homens todo o tesouro celeste de sabedoria e conhecimento. Não viera para enunciar sentimentos e opiniões incertos, mas para proferir verdades estabelecidas em princípios eternos. Poderia fazer revelações científicas de molde a relegar as descobertas dos mais eminentes homens à categoria de indizíveis insignificâncias; não era, porém, isso Sua missão ou obra. Viera para buscar e salvar os perdidos e não Se permitiria desviar-Se do próprio objetivo. Revelou verdades soterradas sob o pó do erro e libertou-as das exigências e tradições dos homens, declarando-as de vigência eterna. Salvou a verdade da penumbra em que se achava, dando-lhe o devido encaixe a fim de que brilhasse em todo o seu esplendor original. Seria maravilhoso se as multidões seguissem as pegadas do Senhor, e Lhe rendessem homenagem enquanto Lhe escutavam as palavras! CP 29 3 Cristo apresentou aos homens exatamente o contrário das representações do inimigo quanto ao caráter de Deus, e neles buscou gravar o amor do Pai, que "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Acentuou aos homens a necessidade da oração, do arrependimento, da confissão e do abandono do pecado. Ensinou-lhes a honestidade, o domínio próprio, a misericórdia e a compaixão, ordenando-lhes amar não apenas aos que os amavam, mas também aos que os odiavam e os maltratavam. Em tudo isso, estava Jesus a revelar-lhes o caráter do Pai, que é longânimo, misericordioso e piedoso, tardio em iras, e grande em beneficência e verdade. CP 30 1 Quando Moisés pediu ao Senhor que lhe mostrasse Sua glória, o Senhor disse: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti" (Êx 33:19). "Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente. ... E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, e encurvou-se" (Êx 34:6-8). Quando formos capazes de compreender o caráter de Deus como Moisés, também nós nos daremos pressa em curvar-nos em adoração e louvor. CP 30 2 Unicamente a sabedoria de Deus pode desdobrar os mistérios do plano da salvação. A sabedoria dos homens poderá ou não ser valiosa, segundo o demonstrar a experiência; a sabedoria divina, porém, é indispensável. Falte-vos o que faltar no sentido de mundanas realizações, mas precisais ter fé no perdão a vós trazido com infinito custo, ou toda a sabedoria alcançada na Terra perecerá convosco. CP 30 3 Introduziremos porventura em nossas escolas o semeador de joio? Permitiremos que homens ensinados pelo inimigo de toda verdade dirijam a educação de nossos jovens? Ou tomaremos como guia a Palavra de Deus? Por que tomar a palavra instável dos homens como exaltada sabedoria, quando uma sabedoria maior e segura se acha ao vosso alcance? Por que apresentar à atenção dos alunos, autores de qualidade inferior, quando Aquele cujas Palavras são espírito e vida faz o convite: "Vinde, ... e aprendei de Mim"? Mt 11:28, 29. CP 31 1 "Trabalhai não pela comida que perece", advertiu Jesus, "mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará, porque a Este o Pai, Deus, O selou" (Jo 6:27). Quando obedecermos a essas Palavras, entenderemos devidamente os ensinos das Escrituras e estimaremos a verdade como o mais valioso tesouro com que nos seja dado enriquecer o espírito. Teremos dentro em nós uma fonte de água da vida. À semelhança do salmista, oraremos: "Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei" (Sl 119:18); e como ele, verificaremos que "os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Também por eles é admoestado o Teu servo; e em os guardar há grande recompensa" (Sl 19:9-11). CP 31 2 Unicamente a vida pode gerar vida. Só aquele que está ligado com a Fonte da vida, e esse tão-somente, pode ser um conduto de vida. A fim de o mestre poder realizar o objetivo de sua obra, deve ser uma viva encarnação da verdade, um canal vivo por onde possam fluir a sabedoria e a vida. Uma vida pura, resultado de sãos princípios e de hábitos corretos, deve ser, portanto, considerada seu mais importante requisito. ------------------------Capítulo 4 -- Serviço Abnegado - a Lei do Céu CP 32 1 O amor, base da criação e da redenção, é o fundamento da educação verdadeira. Isso se patenteia na lei dada por Deus como diretriz da vida. O primeiro e grande mandamento é: "Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças" (Mc 12:30). Amar o Infinito e Onisciente, de todas as forças e de todo o entendimento e coração, significa o máximo desenvolvimento de todas as faculdades. Quer dizer que no ser inteiro - corpo, mente e espírito - deve a imagem de Deus ser restaurada. CP 32 2 Como o primeiro, é o segundo mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12:31). A lei do amor pede a consagração do corpo, do espírito e da alma ao serviço de Deus e de nossos semelhantes. E esse serviço, ao passo que nos torna uma bênção para os outros, traz-nos a nós mesmos bênçãos maiores. A abnegação está à base de todo verdadeiro desenvolvimento. Por meio do serviço desinteressado, recebemos a mais elevada cultura de toda faculdade. O Resultado do Interesse Egoísta CP 32 3 Lúcifer, no Céu, desejou ser o primeiro em poder e autoridade; queria ser Deus, ter o governo do Céu; e para esse fim conquistou para o seu lado muitos dos anjos. Quando, com seu exército rebelde, foi lançado fora das cortes de Deus, continuou na Terra a obra de rebelião e interesse egoísta. Mediante a tentação, a condescendência com o próprio eu e a ambição, Satanás levou a efeito a queda de nossos primeiros pais; e desde então até ao presente, a satisfação das ambições humanas e a condescendência com esperanças e desejos egoístas se têm demonstrado a ruína da humanidade. CP 33 1 Sob a direção de Deus, devia Adão ocupar o lugar de cabeça da família terrestre para manter os princípios da família celestial. Isso haveria trazido paz e felicidade. Mas Satanás estava decidido a opor-se à lei de que ninguém "vive para si" (Rm 14:7). Desejava viver para o próprio eu. Buscava tornar-se o centro de influência. Fora isso que suscitara a rebelião no Céu; e foi a aceitação, por parte do homem, do mesmo princípio, o que trouxe o pecado à Terra. Quando Adão pecou, o homem ficou separado do centro prescrito pelo Céu. Um demônio tornou-se o poder central no mundo. Onde devia estar o trono de Deus, colocou Satanás o seu trono. O mundo depunha sua homenagem, qual oferta voluntária, aos pés do inimigo. CP 33 2 A transgressão da lei de Deus trouxe miséria e morte em sua esteira. Em virtude da desobediência, perverteram-se as faculdades do homem, tomando o egoísmo o lugar do amor. Sua natureza ficou tão enfraquecida, que lhe era impossível resistir ao poder do mal; e o tentador viu satisfeito seu intento de impedir o plano divino na criação do homem, e de encher a Terra de miséria e desolação. Os homens haviam escolhido um governador que os encadeava a seu carro como cativos. O Remédio CP 33 3 Contemplando o homem, viu-lhe Deus extrema rebelião, e imaginou o remédio: Cristo. Eis a dádiva ao mundo para a reconciliação do homem. Foi designado o Filho de Deus para vir à Terra e revestir-Se da humanidade e, por Seu exemplo, ser uma grande força educadora entre os homens. Sua experiência em favor da raça humana devia habilitar os homens a resistir ao poder de Satanás. Ele veio a fim de moldar o caráter, comunicar poder mental e difundir amplamente os raios luminosos da genuína educação, para que o verdadeiro objetivo da existência não fosse perdido de vista. Os filhos dos homens tinham adquirido um conhecimento prático do mal; Cristo veio ao mundo a fim de mostrar-lhes que para eles plantara a árvore da vida, cujas folhas são para a saúde das nações. CP 34 1 A vida de Cristo na Terra ensina que obter a mais alta educação não é adquirir popularidade, assegurar-se vantagens mundanas, ver abundantemente supridas as necessidades materiais e ser honrado pelos titulares e os ricos da Terra. O Príncipe da vida sofreu as inconveniências da pobreza, de modo a poder discernir as necessidades dos pobres - Ele que, por Seu poder divino, era capaz de suprir as faltas da multidão faminta. Não foi para envergar as suntuosas vestes do sumo sacerdote, nem possuir as riquezas dos gentios que Ele veio à Terra, mas para ministrar aos sofredores e aos necessitados. Sua vida constitui uma repreensão a todo interesse egoísta. Enquanto andava de um lado para o outro fazendo o bem, patenteou o caráter da lei de Deus e a natureza de Seu serviço. CP 34 2 Cristo poderia haver manifestado aos homens as mais profundas verdades científicas. Poderia haver revelado mistérios que têm requerido muitos séculos de fadiga e estudo. Poderia haver feito, em ramos científicos, sugestões que, até ao fim dos séculos, proporcionariam matéria ao pensamento e estímulo à invenção. Não o fez, todavia. Não disse nada para satisfazer a curiosidade ou estimular a ambição egoísta. Não tratou de teorias abstratas, mas daquilo que é essencial ao desenvolvimento do caráter, que ampliará a capacidade humana quanto ao conhecimento de Deus, e lhe aumentará o poder de fazer o bem. Em vez de induzir o povo a estudar as teorias humanas a respeito de Deus, de Sua Palavra e obras, Cristo ensinou-o a contemplá-Lo segundo Ele próprio Se manifesta em Suas obras, Palavra e providências. Pôs-lhe a mente em contato com a mente do Infinito. Desdobrou princípios que feriram pela raiz o egoísmo. CP 35 1 Os que ignoram a educação tal como foi ensinada e exemplificada na vida de Cristo desconhecem o que constitui a mais alta educação. Sua vida de humilhação e vergonha pagou o preço da redenção de cada alma. Ele Se entregou para o reerguimento do caído e pecaminoso. Podemos nós imaginar uma educação mais elevada do que a que se adquire na cooperação com Ele? CP 35 2 Cristo dá a todos a ordem: "Vai hoje trabalhar em Minha vinha, para glória do Meu nome. Representa perante o mundo carregado de corrupção a bênção de uma educação genuína. Os fatigados, oprimidos, desfalecidos e perplexos - encaminha-os a Cristo, fonte de toda força, toda vida, toda esperança." Aos mestres é dirigida a palavra: "Sede homens fiéis, prontos para agir no momento certo. Buscai a mais elevada educação, mediante a conformidade com a vontade de Deus. Certamente colhereis a recompensa que advém dessa educação. Colocando-vos na posição em que possais receber a bênção de Deus, o nome do Senhor será engrandecido por vosso intermédio." CP 35 3 Não um serviço de lábios, não mera profissão, mas vidas humildes e consagradas está o Senhor buscando. Os professores e os discípulos precisam conhecer por experiência o que significa vida consagrada, vida que revela os sagrados princípios que servem de base ao caráter cristão. Aqueles que se aplicam a conhecer os caminhos e a vontade de Deus estão recebendo a mais alta educação que é dado aos mortais receber. Estão edificando sua experiência, não nos sofismas do mundo, mas em princípios eternos. CP 36 1 Cabe a todo estudante o privilégio de fazer da vida e exemplos de Cristo seu estudo diário. Educação cristã quer dizer aceitação, em sentimento e em princípio, dos ensinos do Salvador. Isso inclui andar diária e conscienciosamente nas pegadas de Cristo, que consentiu em vir ao mundo na forma humana, a fim de dar à humanidade um poder que por nenhum outro modo lhe seria dado adquirir. Qual seria esse poder? O de apoderar-se dos ensinos de Cristo e segui-los à risca. CP 36 2 Em sua resistência ao mal, no trabalho em benefício de outros, deu Cristo aos homens o exemplo da mais elevada educação. Revelou Deus a Seus discípulos, de maneira que operou no coração deles uma obra especial, obra como vem há muito solicitando que Lhe permitamos efetuar em nosso coração. Muitos há que, detendo-se tão largamente na teoria, perderam de vista o poder vivo do exemplo do Salvador. Perderam-No de vista a Ele próprio como abnegado e humilde obreiro. O que eles necessitam é olhar a Jesus. Necessitam dia a dia da renovada revelação de Sua presença. Precisam seguir mais de perto o Seu exemplo de renúncia e sacrifício. CP 36 3 É-nos necessária a experiência de Paulo quando escreveu: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim" (Gl 2:20). CP 37 1 O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo expresso no caráter é a mais elevada educação. É a chave que abre as portas da cidade celestial. É desígnio de Deus que todos quantos se revestem de Cristo venham a possuir esse conhecimento. CP 37 2 Aquele cuja mente é esclarecida pela revelação da Palavra de Deus a seu entendimento, compreenderá a responsabilidade que tem para com Deus e o mundo, e sentirá que seus talentos se devem desenvolver de maneira a produzir os melhores resultados; pois ele deve anunciar "as virtudes dAquele" que o "chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9). Ao crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo, compreenderá as próprias imperfeições, sentirá a própria ignorância e buscará continuamente conservar e desenvolver suas faculdades de espírito a fim de tornar-se inteligente cristão. Os estudantes possuídos do Espírito de Cristo se apoderarão do conhecimento com todas as suas faculdades. Sem essa experiência, a educação fica destituída de seu verdadeiro brilho e glória. CP 37 3 A entrada da Palavra de Deus é a aplicação da verdade divina ao coração, purificando e enobrecendo a alma mediante a operação do Espírito Santo. As faculdades incondicionalmente dedicadas a Deus, sob a guia do Espírito divino, desenvolvem-se firme e harmoniosamente. A devoção e a piedade estabelecem tão íntima relação entre Jesus e Seus discípulos, que o cristão se torna semelhante a Ele. Por meio do poder de Deus, seu caráter fraco e vacilante transforma-se em um caráter firme e forte. Ele se torna uma pessoa de princípios sãos, percepção clara e discernimento equilibrado e digno de confiança. Entretendo ligação com Deus, a fonte de luz e entendimento, sua visão, não desviada por preconceitos e opiniões pessoais, amplia-se; seu discernimento torna-se mais penetrante e de maior alcance. O conhecimento de Deus e a compreensão de Sua vontade revelada, na proporção em que a mente humana os possa alcançar, uma vez recebidos no caráter, hão de fazer homens eficientes. CP 38 1 Conhecimento é poder, mas só o é para o bem, quando unido à verdadeira piedade. Para servir aos mais nobres fins, ele deve ser vivificado pelo Espírito de Deus. Quanto mais íntima for nossa ligação com Deus, tanto mais plenamente poderemos compreender o valor da verdadeira ciência; pois os atributos de Deus, tais como se mostram nas obras que criou, serão melhor apreciados por aquele que tem conhecimento do Criador de todas as coisas, o Autor de toda a verdade. Esse pode fazer o mais elevado emprego do conhecimento; pois quando postos sob o inteiro domínio do Espírito de Deus, seus talentos atingem o máximo da utilidade. ------------------------Capítulo 5 -- Crianças e Jovens Exigem Nosso Cuidado CP 41 1 Tem-se prestado bem pouca atenção a nossas crianças e jovens que têm deixado de se desenvolver na vida cristã como deveriam, porque os membros da igreja não os têm considerado com ternura e simpatia, desejando que avançassem na vida divina. CP 41 2 Em nossas grandes igrejas, muitíssimo poderia fazer-se pelos jovens. Deverá haver por eles menos trabalho especial? Serão apresentados a eles menos incentivos a fim de que se tornem cristãos perfeitos - homens e mulheres em Cristo Jesus - do que lhes foram conferidos nas denominações que deixaram por amor à verdade? Serão abandonados para que vagueiem de um lado para outro, para se desanimarem e caírem nas tentações que por toda parte estão de emboscada a fim de apanharem os pés incautos? Se eles erram e caem da firmeza de sua integridade, deverão censurá-los e culpá-los os membros da igreja que negligenciaram cuidar dos cordeiros, e deverão aumentar-lhes as faltas? Serão suas faltas comentadas e referidas a outros, e eles abandonados ao desânimo e desespero? CP 41 3 O primeiro trabalho a fazer pelos membros de nossas igrejas é fazê-los interessar-se pela nossa juventude; pois essa necessita de bondade, paciência, ternura, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento. Oh, onde estão os pais e mães em Israel? Deveria haver grande número deles que fossem mordomos da graça de Cristo, sentindo pelos jovens um interesse não meramente casual, mas especial. Deveria haver pessoas cujo coração seja tocado pela situação digna de pena em que nossos jovens se acham, que se compenetrem de que Satanás por meio de todo o ardil imaginável está a agir para atraí-los à sua rede. CP 42 1 Deus exige que a igreja desperte de seu sono, e veja qual é a espécie de serviço dela requerido neste tempo de perigo. Os cordeiros do rebanho devem ser alimentados. O Senhor do Céu está olhando a fim de ver quem se dispõe a fazer a obra que Ele quer que se faça pelas crianças e jovens. Os olhos de nossos irmãos e irmãs devem ser ungidos com colírio celestial para que possam discernir as necessidades do tempo. Devemos despertar para que vejamos o que necessita ser feito na vinha espiritual de Cristo, e irmos à obra. Deve Ser Provida uma Educação Liberal CP 42 2 Como um povo que pretende ter a maior luz, devemos imaginar maneiras e meios pelos quais produzir uma corporação de obreiros educados para os vários departamentos da obra de Deus. Necessitamos de uma classe de rapazes e moças bem disciplinada e culta em nossos hospitais, na obra médico-missionária, nos escritórios de publicação, nas Associações dos diferentes Estados, e no Campo em geral. Necessitamos de jovens que tenham uma elevada cultura intelectual a fim de que possam prestar o melhor trabalho ao Senhor. Temos feito algo no sentido de alcançar essa norma, mas estamos ainda muito aquém do ponto em que deveríamos estar. CP 43 1 Como igreja e como indivíduos, se queremos estar isentos de culpa no juízo, devemos fazer esforços mais liberais para o preparo de nossos jovens, para que possam estar mais aptos para os vários ramos da grande obra confiada às nossas mãos. Devemos formular planos sábios, a fim de que a mente engenhosa dos que têm talento possa fortalecer-se e disciplinar-se, e tornar-se polida da maneira mais excelente, para que a obra de Cristo não seja estorvada por falta de hábeis obreiros, que a façam com fervor e fidelidade. Todos Devem se Preparar CP 43 2 A igreja está dormindo, e não se compenetra da grandeza deste assunto da educação das crianças e jovens. "Ora", dirá alguém, "qual a necessidade de ser tão minucioso para educar completamente nossos jovens? Parece-me que se tomardes uns poucos dos que decidiram seguir uma carreira intelectual ou alguma outra que exija certa disciplina, e lhes derdes a devida atenção, isso é tudo que se faz necessário. Não se exige que todos os nossos jovens sejam tão bem preparados. Não corresponderá isso a toda a exigência essencial?" CP 43 3 Respondo: Não, absolutamente não. Que seleção poderíamos fazer dentre o exército de nossos jovens? Como poderíamos dizer quem seria o mais promissor ou quem prestaria melhor serviço a Deus? Em nosso juízo poderíamos olhar para a aparência exterior, como fez Samuel quando foi enviado a buscar o ungido do Senhor. Quando os nobres filhos de Jessé passaram diante dele, e seu olhar repousou no lindo rosto e bela estatura do filho mais velho, pareceu a Samuel que o ungido do Senhor estava diante dele. Mas o Senhor lhe disse: "Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração" (1Sm 16:7). Nenhum desses filhos de Jessé, de nobre parecer, o Senhor quis aceitar. Mas, quando Davi, o filho mais jovem, mero adolescente, foi chamado do campo, e passou diante de Samuel, o Senhor disse: "Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é" (1Sm 16:12). CP 44 1 Quem pode determinar qual é o que em uma família se mostrará eficiente na obra de Deus? Deve haver educação geral de todos os seus membros, e a todos os nossos jovens se deve permitir fruírem as bênçãos e privilégios da educação em nossas escolas, para que possam ser inspirados a se fazerem coobreiros de Deus. Todos necessitam de educação, para se habilitarem a ser úteis e aptos para os lugares de responsabilidade, tanto na vida particular como na pública. Há grande necessidade de se fazerem planos, para que possa haver grande número de obreiros competentes, e muitos devem preparar-se como professores, a fim de que outros se adestrem e disciplinem para a grande obra do futuro. Um Fundo Para a Obra Escolar CP 44 2 Deve a Igreja compenetrar-se da situação, e pela sua influência e meios procurar conseguir este tão desejado objetivo. Que se crie, por meio de generosas contribuições, um fundo para o estabelecimento de escolas destinadas ao desenvolvimento da obra educativa. Necessitamos de homens bem preparados, bem educados, para trabalharem pelos interesses das igrejas. Devem apresentar o fato de que não podemos confiar em que nossos jovens vão a seminários e colégios estabelecidos por outras denominações; de que os devemos reunir em escolas em que não seja negligenciado seu preparo religioso. Objetivos Elevados CP 45 1 Deus não quer que, em qualquer sentido, estejamos atrasados quanto ao trabalho educativo. Nossas escolas devem estar muito adiantadas no que respeita à mais elevada espécie de educação. ... Se não temos escolas para os nossos jovens, eles freqüentarão outros seminários e colégios, e estarão expostos a sentimentos de incredulidade, de cavilação e de dúvida, com referência à inspiração da Bíblia. Há muita conversa referente à educação superior, e muitos supõem que consista em educação nas ciências e letras; mas isso não é tudo. A mais elevada educação inclui o conhecimento da Palavra de Deus, e é compreendida nestas palavras: "Que conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3). CP 45 2 A mais elevada espécie de educação é aquela que dê tal conhecimento e disciplina, que leve ao melhor desenvolvimento do caráter, e habilite a alma para aquela vida que se mede pela vida de Deus. A eternidade não deve ficar fora de nossos cálculos. A mais elevada educação é aquela que ensine às nossas crianças e jovens a ciência do Cristianismo, que lhes dê um conhecimento experimental dos caminhos de Deus, e lhes comunique as lições que Cristo deu a Seus discípulos, sobre o caráter paternal de Deus. CP 46 1 "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor" (Jr 9:23, 24). ... Procuremos seguir o conselho de Deus em todas as coisas; pois Ele é infinito em sabedoria. Embora tenhamos deixado de fazer o que poderíamos ter feito pelos nossos jovens e crianças no passado, arrependamo-nos agora, e redimamos o tempo. Special Testimonies on Education, p. 197-202. A Responsabilidade dos Membros da Igreja CP 46 2 Não há obra mais importante do que a educação dos nossos jovens. Folgo de que tenhamos instituições em que eles podem estar separados das influências corruptoras tão comuns nas escolas da atualidade. Nossos irmãos e irmãs devem ser gratos por que, na providência de Deus, foram estabelecidos os nossos colégios, e devem estar prontos para os sustentar com seus meios. Toda a influência deve ser encaminhada a educar os jovens, e elevar a sua moral. Devem eles ser ensinados a ter coragem para resistir à onda da contaminação moral desta era degenerada. Com firme apego ao poder divino, podem eles estar na sociedade para amoldá-la e dar-lhe forma, em vez de serem moldados segundo o modelo mundano. CP 46 3 Quando os jovens vêm aos nossos colégios, não se deve fazer com que tenham a impressão de que chegaram entre estranhos que não cuidam de sua alma. Devemos guardá-los, repelindo Satanás, para que ele não os tire de nossos braços. Deve haver pais e mães em Israel, que estejam vigilantes por essas almas, como quem deve prestar contas por elas. Irmãos e irmãs, não vos conserveis longe dos jovens, como se com eles nada tivésseis, nem fôsseis por eles responsáveis. Vós, que há muito tempo haveis professado ser cristãos, tendes uma obra a fazer, a fim de paciente e bondosamente os levar pelo caminho reto. Deveis mostrar-lhes que os amais, porque são membros mais jovens da família do Senhor, a aquisição de Seu sangue. CP 47 1 O futuro da sociedade será determinado pela juventude de hoje. Satanás está fazendo esforços ardorosos e persistentes a fim de corromper a mente e depreciar o caráter de todo jovem; e ficaremos nós, que temos mais experiência, como meros espectadores, e vê-lo-emos cumprir sem impedimentos seu propósito? Permaneçamos em nosso posto, prontos a todo momento, para trabalharmos em prol desses jovens e, mediante o auxílio de Deus, arredá-los do abismo da perdição. Na parábola, enquanto os homens dormiam, o inimigo semeou joio; e enquanto vós, meus irmãos e irmãs, vos encontrais inconscientes da obra de Satanás, está ele a reunir sob sua bandeira um exército de jovens; e ele exulta, pois por meio deles prossegue com sua luta contra Deus. O Privilégio do Professor CP 47 2 Os professores de nossas escolas têm pesada responsabilidade a cumprir. Devem ser em suas palavras e caráter o que desejam que seus estudantes se tornem: homens e mulheres que temam a Deus e pratiquem a justiça. Se eles mesmos conhecem o caminho, podem preparar a juventude a andar nele. Não somente os educarão nas ciências, mas os ensinarão a ter independência moral, a trabalhar por Jesus, e a assumir encargos em Sua causa. CP 48 1 Professores, que oportunidades são as vossas! Que privilégio está a vosso alcance, de modelardes a mente e o caráter dos jovens sob os vossos cuidados! Que alegria não será para vós encontrá-los em redor do grande trono branco, e saber que fizestes o que pudestes a fim de habilitá-los para a imortalidade! Se vossa obra resistir à prova do grande dia, soará aos vossos ouvidos, qual música a mais suave, a bênção do Mestre: "Bem está, servo bom e fiel. ... Entra no gozo do teu Senhor" (Mt 25:21). CP 48 2 No grande campo da ceifa, há abundância de trabalho para todos, e os que negligenciam fazer o que podem, serão achados em culpa perante Deus. Trabalhemos para o presente e para a eternidade. Trabalhemos com todas as forças que Deus nos concedeu, e Ele abençoará nossos esforços bem dirigidos. CP 48 3 O Salvador anela salvar os jovens. Ele Se regozijaria, vendo-os em redor de Seu trono, vestidos nos trajes imaculados de Sua justiça. Ele está esperando para lhes colocar sobre a cabeça a coroa da vida, e ouvir-lhes as vozes felizes unirem-se ao tributarem honra, glória e majestade a Deus e ao Cordeiro, no cântico de vitória que ecoará pelas cortes celestiais. ------------------------Capítulo 6 -- O Objetivo Primordial da Educação CP 49 1 Por uma concepção falsa da verdadeira natureza e objetivo da educação, muitos têm sido levados a erros sérios e mesmo fatais. Tal engano é cometido quando a ordenação do coração, ou seja, o estabelecimento de princípios, é negligenciado no esforço por conseguir a cultura intelectual, ou quando interesses eternos ficam sem consideração no ávido desejo de regalias temporais. CP 49 2 Fazer com que a posse de honras ou riquezas mundanas seja o móvel que nos governe é indigno de quem foi remido pelo sangue de Cristo. Deve antes ser nosso objetivo adquirir conhecimento e sabedoria para que possamos tornar-nos melhores cristãos, e estar preparados para maior utilidade, prestando serviço mais fiel ao nosso Criador, e levando outros também a glorificar a Deus pelo nosso exemplo e influência. Eis aí alguma coisa real, alguma coisa tangível - não meramente palavras, mas ações. Não somente as afeições do coração, mas o serviço da vida também deve ser dedicado ao Criador. O Modelo Perfeito CP 49 3 Fazer com que o homem volte à harmonia com Deus, de maneira a elevar e enobrecer sua natureza moral a fim de que ele de novo possa refletir a imagem do Criador, é o grande propósito de toda a educação e disciplina da vida. Tão importante era essa obra que o Salvador deixou os palácios celestiais e veio em pessoa à Terra para ensinar aos homens como obter a habilitação para a vida mais elevada. Durante trinta anos, Ele habitou como homem entre os homens, passou pelas experiências da vida humana como criança, como jovem, como homem; suportou as mais severas provas, para que pudesse apresentar uma vívida ilustração das verdades que ensinava. Durante três anos, como Mestre enviado de Deus, instruiu os filhos dos homens; então, deixando a obra a coobreiros escolhidos, ascendeu ao Céu. Mas não se abateu Seu interesse nela. Das cortes celestiais observa com a mais profunda solicitude o progresso da causa pela qual deu a vida. CP 50 1 O caráter de Cristo é o único modelo perfeito que devemos adotar. O arrependimento e a fé, a entrega da vontade, e a consagração das afeições a Deus, são os meios designados para o cumprimento dessa obra. Obter conhecimento desse plano que foi divinamente determinado deve ser o nosso primeiro empenho; satisfazer a suas exigências deve ser nosso primeiro esforço. CP 50 2 Salomão declara que o "temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10). Com relação ao valor e importância desta sabedoria, escreve ele: "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento" (Pv 4:7). "Porque melhor é o lucro que ela dá do que o da prata, e melhor a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que pérolas, e tudo o que podes desejar não é comparável a ela" (Pv 3:14, 15). A Escola de Cristo CP 50 3 Aquele que procura com diligência adquirir a sabedoria das escolas humanas deve lembrar-se de que outra escola também o reclama como estudante. Cristo foi o maior ensinador que o mundo já viu. Trouxe ao homem conhecimentos diretos do Céu. As lições que Ele nos deu são o que necessitamos tanto para o presente como para o futuro. Ele põe diante de nós os verdadeiros objetivos da vida, e a maneira como os podemos conseguir. CP 51 1 Na escola de Cristo, os estudantes nunca se formam. Entre os discípulos há tanto adultos como jovens. Os que dão atenção às instruções do divino Mestre adiantam-se constantemente em sabedoria, correção e nobreza de caráter, e assim preparam-se para entrarem naquela escola superior onde o adiantamento continuará por toda a eternidade. CP 51 2 A Sabedoria Infinita põe perante nós as grandes lições da vida - lições do dever e da felicidade. Estas são muitas vezes difíceis de aprender, mas sem elas não podemos fazer progressos reais. Podem custar-nos esforço e lágrimas e mesmo agonia, mas não devemos vacilar ou ficar cansados. Ouviremos finalmente a chamada do Mestre: "Filho, sobe mais alto." CP 51 3 É neste mundo, por entre provações e tentações, que devemos adquirir habilitação para a sociedade dos puros e santos. Os que se tornam tão absortos em estudos menos importantes, que deixam de aprender na escola de Cristo, estão incorrendo numa perda infinita. Insultam o divino Mestre pela rejeição das providências de Sua graça. Quanto mais continuam nessa sua conduta, mais endurecidos se tornam no pecado. Sua retribuição será proporcional ao valor infinito das bênçãos que menosprezaram. CP 51 4 Na religião de Cristo, há uma influência regeneradora, que transforma o ser todo, levantando o homem acima de todo vício degradante e vil, elevando os pensamentos e desejos para Deus e o Céu. Ligado ao Ser infinito, o homem se faz participante da natureza divina. Contra ele não têm efeito os dardos do mal; pois que está revestido da armadura da justiça de Cristo. CP 52 1 Toda faculdade e todo atributo de que o Criador dotou os filhos dos homens devem ser empregados para Sua glória, e nessa atividade encontra-se o mais puro, santo e agradável exercício. Ao mesmo tempo que ao princípio religioso é dado o supremo lugar, todo passo progressivo dado na aquisição do saber ou na cultura do intelecto é um passo no sentido da assimilação do divino pelo humano, do infinito pelo finito. A Bíblia Como Educador CP 52 2 Como educador, não têm rival as Escrituras Sagradas. A Bíblia é a história mais antiga e mais compreensiva que os homens possuem. Procede diretamente da Fonte da verdade eterna; e através dos séculos a mão divina lhe preservou a pureza. Ela ilumina o remoto passado, onde a pesquisa humana em vão procura penetrar. Apenas na Palavra de Deus contemplamos o poder que lançou os fundamentos da Terra, e que estendeu os céus. Apenas ali encontramos um relato autêntico da origem das nações. Ali, unicamente, se apresenta, incontaminada pelo orgulho ou preconceito humano, a história de nossa espécie. CP 52 3 Na Palavra de Deus, encontra a mente assuntos para o mais profundo pensamento, para as mais altas aspirações. Ali podemos entreter comunhão com patriarcas e profetas, e ouvir a voz do Eterno ao falar com os homens. Ali vemos a Majestade dos Céus, humilhando-Se, para tornar-Se nosso substituto e segurança; para, de mãos indefesas, competir com os poderes das trevas e alcançar a vitória em nosso favor. Uma contemplação reverente de assuntos como estes não pode deixar de abrandar, purificar e enobrecer o coração, e ao mesmo tempo infundir no espírito nova força e vigor. CP 53 1 Os que consideram como corajoso e varonil tratar com indiferença e desprezo os reclamos de Deus estão desta maneira denunciando sua própria loucura e ignorância. Ao mesmo tempo em que se gabam de sua liberdade e independência, estão realmente no cativeiro do pecado e de Satanás. CP 53 2 Uma concepção clara do que Deus é e do que Ele requer que sejamos conduzirá à verdadeira humildade. O que estuda corretamente a Santa Palavra aprenderá que o intelecto humano não é onipotente. Aprenderá que a força e a sabedoria humanas são apenas fraqueza e ignorância, sem aquele auxílio que ninguém a não ser Deus pode dar. CP 53 3 O que segue a guia divina encontrou a única fonte verdadeira de graça salvadora e real felicidade, e alcançou o poder de comunicar a felicidade a todos em redor de si. Sem religião, ninguém pode realmente aproveitar a vida. O amor a Deus purifica e enobrece todo gosto e desejo, intensifica toda afeição e abrilhanta todo prazer digno. Habilita o homem a apreciar e desfrutar tudo que é verdadeiro, bom e belo. CP 53 4 Mas o que sobre todas as demais considerações deve levar-nos a apreciar a Bíblia é que nela está revelada aos homens a vontade de Deus. Ali aprendemos o objetivo de nossa criação e os meios pelos quais esse objetivo pode ser atingido. Aprendemos a melhorar sabiamente a presente vida, e a conseguir a futura. Nenhum outro livro pode satisfazer às indagações do espírito, ou aos anelos do coração. Obtendo conhecimento da Palavra de Deus, e a ela dando atenção, os homens podem levantar-se das maiores profundezas da degradação, para se tornarem filhos de Deus, companheiros dos anjos imaculados. Lições da Natureza CP 54 1 Nas variadas cenas da natureza, há também lições de sabedoria divina, para todos os que aprenderam a ter comunhão com Deus. As páginas que se abriram em todo o brilho aos olhares do primeiro par no Éden apresentam hoje um esmaecimento. Caiu sobre a linda criação uma sombra. E, todavia, para onde quer que nos volvamos, vemos traços da primitiva beleza; ouvimos, para onde quer que nos tornemos, a voz de Deus, e contemplamos-Lhe a obra das mãos. CP 54 2 Desde o solene ribombar do trovão profundo e do bramir incessante do velho oceano, até os alegres cantos que fazem as florestas ressoarem de melodia, os milhares de vozes da natureza Lhe proclamam o louvor. Na terra, no mar e no céu, com seus maravilhosos matizes e cores, variando em esplendoroso contraste ou confundindo-se harmoniosamente, contemplamos Sua glória. As colinas eternas falam de Seu poder. Apontam para o Criador as árvores que à luz do Sol ondeiam seu estandarte verdejante, e as flores em sua delicada beleza. A vívida relva que reveste o solo escuro, fala do cuidado de Deus pelas Suas mais humildes criaturas. Revelam-Lhe os tesouros as cavernas do mar e as profundidades da Terra. Aquele que colocou as pérolas no oceano e a ametista e o crisólito entre as rochas é amante do belo. O Sol, elevando-se nos céus, é representação dAquele que é a vida e a luz de tudo que Ele fez. Todo o brilho e beleza que adornam a Terra e iluminam os céus falam de Deus. CP 55 1 Esquecer-nos-emos, pois, do Doador, no uso de Suas dádivas? Antes, levem-nos elas a contemplar-Lhe a bondade e o amor. Tudo que é belo em nosso lar terrestre lembre-nos do rio de cristal e dos verdes campos, das árvores ondeantes e das fontes vivas, da cidade resplandecente e dos cantores de vestes brancas de nosso lar celestial - mundo de beleza que nenhum artista pode desenhar, nem língua mortal descrever. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam" (1Co 2:9). CP 55 2 Habitar para sempre nesse lar de bem-aventuranças, trazer na alma, corpo e espírito não os traços do pecado e da maldição, mas a perfeita semelhança de nosso Criador, e através de eras eternas progredir em sabedoria, conhecimentos e santidade, explorando sempre novos campos do pensamento, sempre encontrando novas maravilhas e novas glórias, aumentando sempre a capacidade de saber e amar, e sabendo que há ainda diante de nós alegria, amor e sabedoria infinitos - tal é o objetivo a que aponta a esperança cristã, para o qual prepara a educação cristã. Conseguir essa educação e auxiliar outros a alcançá-la deve ser o objetivo da vida cristã. CP 55 3 Não percamos nunca de vista o fato de que Jesus é uma fonte de alegria. Ele não Se deleita na miséria dos seres humanos, mas agrada-Se de os ver felizes. ------------------------Capítulo 7 -- O Modelo Celestial CP 56 1 Aproximamo-nos rapidamente da crise final da história do mundo, e é de importância que compreendamos deverem as vantagens educacionais oferecidas por nossas escolas ser diferentes das que oferecem as escolas do mundo. Tampouco devemos seguir a rotina das escolas mundanas. A instrução dada nas escolas dos adventistas do sétimo dia deve ser de molde a levar à prática da verdadeira humildade. Na linguagem, no vestuário, no regime alimentar e na influência exercida, deve ser vista a singeleza da verdadeira piedade. CP 56 2 Nossos professores necessitam compreender a obra que deve ser feita nestes últimos dias. A educação proporcionada em nossas escolas, em nossas igrejas, em nossos hospitais, deve apresentar claramente a grande obra a ser cumprida. Torne-se clara aos estudantes de todos os graus de adiantamento a necessidade de arrancar da vida toda prática mundana que se oponha aos ensinos da Palavra de Deus, e de preencher seu lugar com ações que apresentem o selo da natureza divina. A nossa obra de educação deve sempre trazer o cunho celestial, e revelar dessa maneira quanto a instrução divina sobreleva ao ensino do mundo. CP 56 3 Para alguns essa obra de transformação total pode parecer impossível. Mas, se assim fosse, por que incorrer, afinal, nas despesas de tentar levar avante a obra de educação cristã? Nosso conceito do que significa a verdadeira educação é de que ela sempre nos induz a buscar a estrita pureza de caráter. Em toda a nossa mútua relação devemos ter em vista que nos estamos habilitando a ser transferidos para outro mundo; os princípios do Céu devem ser aprendidos e praticados; deve ser gravada na mente de cada aluno a superioridade da vida futura sobre a presente. Os professores que deixam de incluir isso em sua obra educativa deixam de ter parte na grande obra de desenvolver o caráter que possa ter a aprovação de Deus. CP 57 1 Pondo-se o mundo, nesta época, cada vez mais sob a influência de Satanás, os verdadeiros filhos de Deus desejarão mais e mais ser ensinados por ele. Devem empregar-se professores que dêem um molde celestial ao caráter da juventude. Sob a influência de tais ensinadores, práticas dispensáveis e tolas serão substituídas por hábitos e práticas adequados aos filhos e filhas de Deus. CP 57 2 Tornando-se mais pronunciada a impiedade do mundo, e mais amplamente desenvolvidos e aceitos os ensinos do mal, devem os ensinos de Cristo apresentar-se exemplificados na vida de homens e mulheres convertidos. Anjos estão à espera para cooperarem em todo departamento da obra. Isso tem sido apresentado a mim repetidas vezes. No tempo presente, o povo de Deus, homens e mulheres que verdadeiramente são convertidos, deve aprender, sob o ensino de professores fiéis, as lições a que o Deus do Céu dá valor. CP 57 3 A obra mais importante de nossas instituições de educação no tempo atual é colocar perante o mundo um exemplo que honre a Deus. Santos anjos devem superintender a obra, mediante fatores humanos, e cada departamento deve trazer o cunho da excelência divina. CP 57 4 Todas as nossas instituições de saúde, todas as nossas casas publicadoras e todas as nossas instituições de Ensino devem ser dirigidas mais e mais de acordo com a instrução que tem sido dada. Quando Cristo é reconhecido como a cabeça de todas as nossas forças em operação, mais e mais se purificarão nossas instituições de toda prática comum e mundana. A ostentação e pretensão, e muitas das exibições que anteriormente têm tido lugar em nossas escolas, ali não terão lugar quando professores e estudantes procurarem realizar a vontade de Deus na Terra como é feita no Céu. Cristo, como o principal fator em ação, modelará e dará têmpera ao caráter em conformidade com a ordem divina; e estudantes e professores, compenetrando-se de que se preparam para a escola superior nas cortes celestiais, lançarão fora muitas coisas que ora julgam necessárias, e engrandecerão e seguirão os métodos de Cristo. CP 58 1 O pensamento da vida eterna deve achar-se entretecido em tudo a que o cristão põe as mãos. Se o trabalho efetuado é de natureza agrícola ou mecânico, pode ser ainda conforme o modelo celestial. É privilégio dos preceptores e professores de nossas escolas revelar em todo o seu trabalho a direção do Espírito de Deus. Mediante a graça de Cristo foram tomadas todas as providências para o aperfeiçoamento do caráter à semelhança do de Cristo; e Deus é honrado quando Seu povo, em todo o seu trato social e comercial, revela os princípios do Céu. CP 58 2 O Senhor exige correção nas menores coisas, bem como nas maiores. Os que por fim forem aceitos como membros da corte celestial serão homens e mulheres que aqui na Terra procuraram executar em todo sentido a vontade do Senhor, e que procuraram imprimir o selo do Céu em seus trabalhos terrestres. CP 59 1 O Senhor deu uma lição importante a Seu povo em todos os séculos quando a Moisés, no monte, deu instruções com respeito à construção do tabernáculo. Naquela obra, exigiu perfeição em cada detalhe. Moisés era versado em todo o saber dos egípcios; tinha conhecimento de Deus, e os propósitos divinos lhe haviam sido revelados em visões; mas não sabia fazer gravações nem bordar. CP 59 2 Israel fora conservado todos os seus dias em cativeiro no Egito, e embora houvesse entre eles homens hábeis, não tinham sido instruídos nas primorosas artes que eram exigidas na construção do tabernáculo. Sabiam fazer tijolos, mas não entendiam do trabalho em ouro ou prata. Como se deveria fazer a obra? Quem era idôneo para tais coisas? Estas eram questões que perturbavam o espírito de Moisés. CP 59 3 Então o próprio Deus explicou como o trabalho deveria ser realizado. Indicou por nome as pessoas que desejava fizessem determinados trabalhos. Bezalel devia ser o arquiteto. Esse homem pertencia à tribo de Judá - tribo que Deus Se deleitava em honrar. CP 59 4 "Depois, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Eis que Eu tenho chamado por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício, para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor. CP 59 5 "E eis que Eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado" (Êx 31:1-6). CP 60 1 A fim de que o tabernáculo terrestre pudesse representar o celestial, devia ser perfeito em todas as suas partes, e ser, em cada mínimo detalhe, semelhante ao modelo do Céu. Tal é o que se dá com o caráter dos que finalmente são aceitos à vista do Céu. CP 60 2 O Filho de Deus desceu à Terra a fim de que nEle pudessem homens e mulheres ter uma representação do caráter perfeito que unicamente Deus pode aceitar. Mediante a graça de Cristo todas as providências foram tomadas para a salvação da família humana. É possível que toda transação em que tomem parte os que se declaram cristãos, seja tão pura como as ações de Cristo. E a alma que aceita as virtudes do caráter de Cristo e se apodera dos méritos de Sua vida é, à vista de Deus, tão preciosa como o Seu próprio amado Filho. A fé sincera e incontaminada é para Ele como ouro, incenso e mirra - as dádivas dos magos ao Infante de Belém, e a prova de sua fé nEle, como o Messias prometido. CP 60 4 Ensine-se às crianças e aos jovens que toda falta, toda dificuldade e todo erro vencidos se tornam um degrau no acesso a coisas melhores e mais elevadas. É mediante tais experiências que todos os que tornaram a vida digna de ser vivida conseguiram o êxito. Educação, p. 296. ------------------------Capítulo 8 -- A Formação do Caráter CP 61 1 "Todo aquele", disse Cristo, "que escuta estas Minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas Minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda" (Mt 7:24-27). CP 61 2 A grande obra dos pais e dos mestres é a formação do caráter - restaurar a imagem de Cristo nos que se acham sob seus cuidados. O conhecimento das ciências torna-se insignificante em comparação com esse grande objetivo; mas toda verdadeira educação pode se tornar auxiliar no desenvolvimento de um caráter reto. A formação do caráter é obra de toda a existência e permanece para a eternidade. Pudessem todos compreender isso, despertando para o fato de que estamos individualmente decidindo nosso próprio destino e o de nossos filhos para a vida eterna ou a eterna ruína, que mudança se operaria! Quão diversamente seria empregado nosso tempo de prova, e de que nobres caracteres estaria cheio o nosso mundo! CP 61 3 A interrogação que nos deve impressionar, a cada um, é: Sobre que fundamento estou edificando? Temos o privilégio de esforçar-nos para alcançar a vida imortal; e é da máxima importância que cavemos fundo, removendo todo entulho, e edifiquemos sobre a sólida rocha, Cristo Jesus. Ele é o firme fundamento. "Ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo" (1Co 3:11). NEle, unicamente, reside nossa salvação. "Nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12). CP 62 1 Uma vez colocado o firme fundamento, precisamos de sabedoria a fim de saber como convém edificar. Quando Moisés estava prestes a construir o santuário no deserto, foi advertido: "Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou" (Hb 8:5). Em Sua lei, Deus nos deu o modelo. A edificação de nosso caráter deve operar-se segundo "o modelo que, no monte, se te mostrou". A lei é a grande norma de justiça. Representa o caráter de Deus e é a prova de nossa lealdade a Seu governo. E ela nos é revelada, em toda a sua beleza e excelência, na vida de Cristo. ... CP 62 2 Na obra da edificação do caráter, é necessária a exatidão. Deve existir um sincero propósito de executar o plano do Construtor-Mestre. Sólidas devem ser as vigas. Não se pode aceitar obra descuidada, não merecedora de confiança, pois isso arruinaria a edificação. As faculdades de todo o ser devem ser colocadas na obra. Esta exige a força e a energia da varonilidade; nenhuma reserva para ser gasta em assuntos destituídos de importância. ... Deve haver sincero, cuidadoso e perseverante esforço para romper com os costumes, regras e associações do mundo. Profundidade de pensamento, sinceridade de desígnio e firme integridade são essenciais. CP 62 3 Não deve haver preguiça. A vida é coisa importante, um sagrado depósito; e todo momento deve ser sabiamente aproveitado, pois seus resultados se hão de ver na eternidade. Deus requer que cada um faça todo o bem possível. Os talentos por Ele confiados à nossa guarda, devem ser aproveitados ao máximo. Ele colocou em nossas mãos para serem empregados para honra e glória de Seu nome, e para o bem de nossos semelhantes. ... CP 63 1 O Senhor tem, para aqueles que guardam Sua lei, preciosas promessas nesta vida. Diz: "Filho Meu, não te esqueças da Minha lei, e o teu coração guarde os Meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens" (Pv 3:1-4). CP 63 2 Uma recompensa melhor que a terrena, porém, aguarda os que, baseando sua obra na sólida Rocha, constroem caráter simétrico, em harmonia com a Palavra viva. Para esses está preparada "a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hb 11:10). As ruas dessa cidade são calçadas de ouro. Nela se encontra o paraíso de Deus, regado pelo rio da vida, que procede do trono. No meio da rua, e de ambos os lados do rio, está a árvore da vida, que dá o seu fruto de mês em mês; "e as folhas da árvore são para a saúde das nações" (Ap 22:2). CP 63 3 Pais, professores e alunos, lembrai-vos de que estais edificando para a eternidade. Vede que seja seguro o vosso fundamento; construí então firmemente, e com persistente esforço, mas com brandura, mansidão e amor. Assim permanecerá vossa casa inabalável, não somente quando sobrevierem as tempestades da tentação, mas quando o esmagador dilúvio da ira de Deus assolar o mundo. Special Testimonies on Education, p. 72-77. ------------------------Capítulo 9 -- Os Mestres e o Ensino CP 64 1 A verdadeira educação significa mais que um curso de estudo. É vasta. Inclui o desenvolvimento harmônico de todas as aptidões físicas e das faculdades mentais. Ensina o amor e o temor de Deus, sendo o preparo para o fiel desempenho dos deveres da vida. CP 64 2 Há uma educação que é essencialmente mundana. Seu objetivo é o êxito no mundo e a satisfação de ambições egoístas. A fim de adquirir essa educação, muitos estudantes gastam tempo e dinheiro em atulhar a mente com conhecimentos desnecessários. O mundo os julga homens de saber; Deus, entretanto, não tem lugar em seus pensamentos. Eles comem da árvore da ciência mundana, que nutre e robustece o orgulho. Em seu coração, esses homens se tornam desobedientes e separados de Deus; e os dotes que lhes foram confiados são postos do lado do inimigo. Grande parte da educação atual é dessa natureza. O mundo pode considerá-la altamente desejável; ela, porém, aumenta o perigo ao estudante. CP 64 3 Outra espécie de educação existe, bem diversa. Seu princípio fundamental, segundo é declarado pelo maior Mestre que o mundo já viu, é: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça" (Mt 6:33). Seu intento não é egoísta; visa a honrar a Deus, e servi-Lo no mundo. Tanto os estudos seguidos como o preparo industrial buscado, têm em vista esse mesmo fim. Estuda-se a Palavra de Deus; mantém-se com Ele comunhão vital, e exercitam-se os melhores sentimentos e traços de caráter. Essa espécie de educação produz resultados tão perduráveis como a eternidade. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10), e preferível a todos os conhecimentos é a compreensão de Sua Palavra. CP 65 1 Qual será o caráter da educação ministrada em nossas escolas? Em harmonia com a sabedoria deste mundo, ou segundo a sabedoria que vem do alto? ... Os professores têm a fazer por seus alunos mais que lhes comunicar conhecimento tirado de livros. Sua posição como guias e instrutores da juventude é por demais cheia de responsabilidade, pois é-lhes dada a obra de moldar o espírito e o caráter. Os que empreendem essa obra devem possuir caráter bem equilibrado, simétrico. Devem ter maneiras finas, ser corretos no vestuário e cuidadosos em todos os hábitos; e devem possuir aquela cortesia cristã que conquista a confiança e o respeito. O professor deve ser aquilo que deseja que seu aluno se torne. CP 65 2 Os mestres devem cuidar de seus discípulos como o pastor cuida do rebanho que lhe foi confiado. Devem protegê-los como quem por eles tem de dar contas. CP 65 3 O professor pode entender muitas coisas com relação ao universo físico; poderá ter conhecimentos quanto à estrutura da vida animal, às descobertas da ciência natural, às invenções da mecânica; não poderá, no entanto, chamar-se educado, não é apto para seu trabalho como instrutor de jovens, a menos que tenha na própria alma conhecimento de Deus e de Cristo. Não pode ser verdadeiro educador enquanto não se tornar, por sua vez, discípulo na escola de Cristo, recebendo educação do divino Instrutor. Dependência de Deus CP 66 1 Deus é a fonte de toda a sabedoria. É infinitamente sábio, justo e bom. Sem Cristo, os mais sábios homens que já tenham existido não O podem compreender. Podem professar sabedoria; podem gloriar-se em suas realizações; mas o mero conhecimento intelectual, à parte das grandes verdades que se centralizam em Cristo, é como nada. "Não se glorie o sábio na sua sabedoria, ... mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra" (Jr 9:23, 24). CP 66 2 Pudessem os homens enxergar um momento para além do horizonte da visão finita, pudessem ter um vislumbre do Eterno, e toda boca se calaria com seu orgulho. Finitos são os homens que vivem neste pequenino átomo de mundo; Deus tem inumeráveis mundos obedientes a Suas leis, e dirigidos para Sua glória. Quando os homens avançarem em suas pesquisas científicas até aonde lhes permitam as limitadas faculdades, existe ainda para além uma infinidade que lhes escapa à apreensão. CP 66 3 Antes de o homem se tornar realmente sábio, cumpre-lhe avaliar sua dependência de Deus, e encher-se de Sua sabedoria. Ele é a fonte do poder intelectual, bem como do espiritual. Os maiores homens, que atingiram o que o mundo considera o máximo na ciência, não são para se comparar com o amado João ou o apóstolo Paulo. É quando se combinam a capacidade intelectual e a espiritual, que se atinge a mais alta norma de varonilidade. Os que assim fizerem, Deus aceitará como coobreiros Seus no preparo das mentes. CP 67 1 Conhecer a nós mesmos é grande ciência. O mestre que se aprecia devidamente deixará que Deus lhe molde e discipline a mente. E reconhecerá a origem de sua força. O conhecimento de si mesmo leva à humildade e à confiança em Deus; não toma, porém, o lugar dos esforços para o aperfeiçoamento próprio. Aquele que compreende as próprias deficiências, não se poupará a sofrimentos para alcançar a mais alta norma possível na excelência física, mental e moral. No preparo da juventude, não deve ter parte pessoa alguma que se satisfaça com uma norma baixa. Auxiliar Eficaz CP 67 2 O dedicado professor procurará, por preceito e exemplo, conquistar almas para Cristo. Deve receber a verdade em amor, permitindo-lhe purificar o coração e moldar a vida. Todo mestre deve achar-se sob o inteiro domínio do Espírito Santo. Então Cristo poderá falar ao coração, e Sua voz é a voz do amor. O amor de Deus, recebido no coração, é poder ativo para o bem, vivificando e dilatando o espírito e a alma. Tendo a própria alma aquecida pelo amor divino, o mestre exaltará o Homem do Calvário, não dando aos estudantes acidental vislumbre, mas fixando-lhes a atenção até que Jesus Se lhes assemelhe o primeiro "entre dez mil", e Aquele que "é totalmente desejável" (Ct 5:10, 16). CP 67 3 O Espírito Santo é eficaz ajudador na restauração da imagem de Deus na alma humana, mas Sua eficiência e poder não têm sido apreciados em nossas escolas. Ele penetrou na escola dos profetas, levando os próprios pensamentos à harmonia com a vontade de Deus. Havia uma viva ligação entre o Céu e essas escolas; e a alegria e as ações de graças de corações plenos de amor exprimiam-se em cânticos de louvor a que se uniam os anjos. CP 68 1 O Espírito Santo vem ao mundo como representante de Cristo. Ele não somente diz a verdade, mas é a verdade - a Testemunha fiel e verdadeira. É o grande Esquadrinhador de corações, achando-Se relacionado com o caráter de todos. CP 68 2 O Espírito Santo tem vindo muitas vezes a nossas escolas, não sendo reconhecido, mas tratado como estranho, talvez mesmo como intruso. Todo mestre deve reconhecer e dar as boas-vindas a esse Hóspede celestial. Se os professores abrirem o próprio coração para receber o Espírito, estarão aptos a cooperar com Ele na obra em favor de seus alunos. E quando Lhe for franqueada a passagem, Ele efetuará maravilhosas transformações. Trabalhará em cada coração, corrigindo o egoísmo, moldando e apurando o caráter, e pondo até os pensamentos em sujeição a Cristo. CP 68 3 O grande objetivo do mestre deve ser o aperfeiçoamento do caráter cristão em si mesmo e em seus alunos. Mestres, estejam vossas lâmpadas espevitadas e ardendo, e serão uma luz, não somente para os vossos alunos, mas difundirão claros e distintos raios para os lares e a vizinhança desses alunos, e muito além, às trevas morais do mundo. Special Testimonies on Education, p. 47-52. CP 68 4 Dizem nossos irmãos que pastores e pais alegam haver em nossas fileiras dezenas e dezenas de jovens necessitados das vantagens de escolas missionárias, mas não as podem freqüentar a menos que se abaixem as taxas. CP 69 1 Os que advogam preço baixo para a pensão escolar devem pesar cuidadosamente o assunto de todos os lados. Se os alunos não podem, por si mesmos, conseguir meios suficientes para pagar a despesa real de uma obra boa e fiel em sua educação, não é melhor que os pais, os amigos, ou a igreja a que pertencem, ou generosos e beneficentes irmãos de sua Associação, os ajudem, do que se impor à escola uma carga de dívidas? Muito melhor seria que os muitos patrocinadores da instituição partilhassem da despesa, do que a escola incorresse em débito. CP 69 2 As igrejas de diversas localidades devem sentir que pesa sobre elas a solene responsabilidade de preparar jovens e educar talentos a fim de se empenharem na obra missionária. Quando virem na igreja pessoas que prometem tornar-se obreiros úteis, mas não se podem manter na escola, devem assumir a responsabilidade de as enviar a uma de nossas escolas missionárias. Há nas igrejas excelentes talentos que precisam ser postos no serviço. Pessoas há que prestariam serviços proveitosos na vinha do Senhor, mas muitos são demasiado pobres para adquirir, sem auxílio, a educação que lhes é necessária. As igrejas devem considerar privilégio tomar parte em custear as despesas dessas pessoas. CP 69 3 Os que têm a verdade no coração, sempre são liberais e prontos para ajudar onde é necessário. Esses abrem o caminho, e outros imitam seu exemplo. Se há alguns que deviam fruir o benefício da escola, mas não podem pagar toda a pensão escolar, mostrem as igrejas sua liberalidade ajudando-os. CP 69 4 Além disso, devia ser levantado em cada Associação um fundo para emprestar a dignos estudantes pobres que desejem consagrar-se à obra missionária; em alguns casos esses alunos deviam mesmo receber donativos. Quando se abriu o Colégio de Battle Creek, havia um fundo depositado no escritório da Review and Herald em benefício dos que desejassem educar-se, não tendo, porém, os meios. Esse fundo foi usado para vários alunos, até que conseguissem tomar um bom impulso; então, com suas rendas deveriam reembolsar o que tinham recebido, de modo a poderem outros ser beneficiados pelo mesmo fundo. CP 70 1 Dever-se-ia tomar agora qualquer providência para a manutenção de semelhante fundo, para emprestar-se a alunos pobres mas merecedores, que se desejam preparar para a obra missionária. Aos jovens, deve ser explicado claramente que devem abrir o quanto possível por si mesmos o caminho, custeando assim em parte as próprias despesas. O que custa pouco em pouco também será estimado, mas por outro lado, o que custa um preço aproximado ao seu valor, será proporcionalmente apreciado. CP 70 2 Talvez tenham sido limitadas as oportunidades de um professor, de modo que ele não possua as elevadas habilitações literárias que poderia desejar; todavia, caso seja dotado de verdadeira visão quanto à natureza humana, se tem a compreensão da magnitude de sua obra, e genuíno amor por ela, e se tem boa vontade de trabalhar sincera, humilde e perseverantemente, compreenderá as necessidades dos alunos, e mediante o espírito de terno interesse lhes conquistará o coração, levando-os para a frente e para cima. Seus esforços serão tão bem dirigidos que a escola se tornará uma força viva e crescente para o bem, cheia do espírito do verdadeiro progresso. ------------------------Capítulo 10 -- A Devida Educação CP 73 1 A mais bela obra já empreendida por homens e mulheres é lidar com espíritos jovens. O máximo cuidado deve ser tomado na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro a lição do domínio próprio, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. Que importante posição para os pais, tutores e professores! Bem poucos há que compreendam as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira por que devam dirigir o intelecto em desenvolvimento, o pensar e sentir crescentes dos jovens. ... A Individualidade da Criança CP 73 2 A educação da criança, em casa e na escola, não deve ser como o ensino dos mudos animais; pois as crianças têm vontade inteligente, a qual deve ser dirigida de maneira a reger todas as suas faculdades. Os mudos animais devem ser exercitados, pois não possuem razão nem inteligência. À mente humana, porém, deve ser ensinado o domínio próprio. Ela deve ser educada a fim de governar o ser, ao passo que os animais são governados por um dono, e exercitados a ser-lhe submissos. O dono serve de mente, juízo e vontade para o animal. CP 74 1 Uma criança pode ser ensinada de maneira a, como o animal, não ter vontade própria. Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, estar sujeita à de seu mestre. As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos. Não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi chamada a expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar, e a sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. CP 74 2 Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam exercitadas, e levadas de um a outro grau de vigor, de modo que a mente atinja as devidas proporções. A Causa da Instabilidade dos Jovens CP 74 3 Muitas são as famílias com crianças que parecem bem-educadas enquanto se encontram sob a disciplina; quando, porém, o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Essas crianças estiveram por tanto tempo sob uma regra de ferro, sem permissão de pensar ou agir por si mesmas naquilo em que era perfeitamente próprio que o fizessem, que não têm confiança em si mesmas, para procederem segundo seu próprio discernimento, tendo opinião própria. E quando saem de sob a tutela dos pais para agirem por si mesmas, são facilmente levadas pelo juízo de outros a errôneas direções. Não têm estabilidade de caráter. Não foram deixadas em situação de usarem o próprio juízo na proporção em que isso fosse praticável, e portanto a mente não foi devidamente desenvolvida e avigorada. Foram por tanto tempo inteiramente controladas pelos pais, que dependem inteiramente deles. Eles são mente e discernimento para elas. CP 75 1 Por outro lado os jovens não devem ser deixados a pensar e proceder independentemente do juízo de seus pais e professores. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o juízo da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Sejam educadas de maneira que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, e instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao saírem de sob a mão guiadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. ... CP 75 2 Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado, deixariam de gabar-se, caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo mal preparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais se encontram sob a direção de pais e mestres e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea, e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito, e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa. CP 76 1 Pudessem os instrutores de crianças e jovens ter traçado diante de si o futuro resultado de sua errada disciplina, e mudariam seu plano de educação... . Nunca foi desígnio de Deus que a mente de uma pessoa esteja sob o completo domínio de outra. E os que se esforçam para fazer com que a individualidade de seus alunos venha a imergir na deles, e para lhes servirem de mente, vontade e consciência, assumem tremendas responsabilidades. Esses alunos podem, em certas ocasiões, parecer soldados bem disciplinados. Uma vez, porém, removida a restrição, ver-se-á a falta de ação independente baseada em firmes princípios, os quais eles não têm. CP 76 2 Os que tornam seu objetivo educar os alunos de maneira que estes vejam e sintam estar neles próprios o poder de formar homens e mulheres de sólidos princípios, habilitados para qualquer posição na vida, são os professores mais úteis e de êxito permanente. Talvez sua obra não se mostre ao descuidado observador sob o aspecto mais vantajoso, nem seja tão altamente apreciada como a dos mestres que dominam a mente e a vontade dos discípulos pela autoridade absoluta; a vida futura dos alunos, porém, manifestará os frutos do melhor sistema de educação. CP 76 3 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração das crianças. Caso as reunissem bem junto de si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em seus esportes, tornando-se por vezes uma criança entre elas, dariam a eles muita satisfação e lhes ganhariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e professores. Qualificações Pessoais do Professor CP 77 1 Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos - amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. Ele precisa ter firmeza de caráter, e então poderá moldar a mente dos alunos, da mesma maneira que os instruir nas ciências. CP 77 2 A primeira educação dos pequenos molda-lhes, em geral, o caráter para a vida. Os que lidam com a infância devem ser muito cuidadosos em despertar as qualidades do espírito, a fim de melhor saberem como lhes dirigir as faculdades para serem exercitadas da maneira mais proveitosa. Limitados a Estreito Ambiente na Escola CP 77 3 O sistema de educação mantido por gerações tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitas crianças têm passado cinco horas por dia em salas de aula mal ventiladas, sem suficiente espaço para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica em breve envenenado para os pulmões que o inalam. Crianças, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas a dentro, para dano seu. Muitas não têm senão escassa reserva com que começar a vida, e o confinamento na escola dia a dia, torna-as nervosas e doentes. Seu corpo é impedido de crescer em virtude da exausta condição de seus nervos. CP 78 1 E se a lâmpada da vida se apaga, os pais e os professores não consideram haver tido qualquer direta influência em extinguir a centelha vital. Ao acharem-se junto à sepultura dos filhos, os aflitos pais consideram esse golpe como especial determinação da Providência, quando, por indesculpável ignorância, foi sua própria orientação que destruiu a vida dos filhos. Culpar a Providência por tais mortes é blasfêmia. Deus queria que os pequeninos vivessem e fossem disciplinados a fim de poderem possuir belo caráter, glorificando-O neste mundo e louvando-O naquele outro melhor. ... CP 78 2 Relacionar-se com o maravilhoso organismo humano, com os nervos, músculos, estômago, fígado, intestinos, coração e poros da pele, e compreender a dependência de um órgão para com outro no que respeita ao saudável funcionamento de todos, é assunto em que a maior parte das mães não tem nenhum interesse. Nada sabem da influência do corpo sobre a mente, e desta sobre o corpo. A mente, que liga o finito ao Infinito, elas parecem não compreender. Todo órgão do corpo foi feito para servo da mente. Esta é a capital do corpo. CP 78 3 Permite-se às crianças comer carne, especiarias, manteiga, queijo, porco, temperadas pastelarias e outros condimentos em geral. É-lhes também permitido comer alimentos insalubres a horas irregulares e entre as refeições. Essas coisas fazem sua obra em desarranjar o estômago, incitando os nervos a uma ação fora do natural, e enfraquecendo o intelecto. Os pais não compreendem que estão lançando a semente que há de produzir doença e morte. CP 79 1 Muitas crianças foram arruinadas para a vida em razão de se exigir demais do intelecto e negligenciar fortalecer o físico. Muitos têm morrido na infância devido ao procedimento seguido por pais e professores imprudentes, que forçaram o intelecto, por lisonja ou temor, quando essas crianças eram demasiado tenras para verem o interior de uma escola. A mente foi-lhes sobrecarregada com lições quando não deviam ser forçadas, antes contidas até que a constituição física estivesse suficientemente forte para suportar esforço mental. As criancinhas devem ser deixadas tão livres como cordeiros e correr ao ar livre, soltas e felizes, dando-lhes as melhores oportunidades de lançarem bases para uma constituição sadia. O Plano Ideal CP 79 2 Os pais devem ser os únicos mestres dos filhos até que eles cheguem à idade de oito ou dez anos. Assim que a mente lhes permita compreendê-lo, cumpre aos pais abrir diante delas o grande livro divino da natureza. A mãe deve ter menos amor pelo artificial em casa e no preparo de vestidos para ostentação, e tomar tempo para cultivar, em si mesma e em seus filhos, o amor dos belos botões e flores a desabrochar. Chamando a atenção dos filhos às diferentes cores e variadas formas, pode relacioná-los com Deus, que fez todas as belas coisas que os atraem e deliciam. Pode elevar-lhes a mente ao Criador e despertar no tenro coração a afeição para com o Pai celeste, que manifestou por eles tão grande amor. Os pais podem associar Deus com todas as obras de Sua criação. CP 80 1 A única sala de aula para as crianças até oito ou dez anos deve ser ao ar livre, entre as flores a desabrochar e os belos cenários da natureza, sendo para elas o livro de estudo mais familiar os tesouros da própria natureza. Estas lições, gravadas na mente das tenras crianças por entre as agradáveis e atrativas cenas campestres, jamais serão esquecidas. ... CP 80 2 Na primeira educação das crianças, muitos pais e mestres deixam de compreender que a primeira atenção precisa ser dada à constituição física, para garantir-se saúde física e mental. Tem sido costume animar crianças a freqüentar a escola quando simples bebês, necessitadas dos cuidados maternos. Numa idade delicada, são freqüentemente metidas em apinhadas salas de aula sem ventilação, onde se sentam em posição errônea em bancos malconstruídos e, em resultado, as tenras estruturas de alguns se têm deformado. CP 80 3 A disposição e os hábitos da primeira idade muito facilmente se manifestam na idade madura. Podeis curvar uma árvore nova em quase qualquer forma que desejardes, e se ela permanecer e crescer como a pusestes, será uma árvore deformada, denunciando sempre o dano e o mau trato recebido de vossas mãos. Podeis, depois de anos de crescimento, procurar endireitá-la, mas todos os esforços se demonstrarão infrutíferos. Ela será sempre uma árvore torta. CP 81 1 Tal é o caso com a mente das crianças. Estas devem ser cuidadosa e ternamente educadas na infância. Podem ser exercitadas na devida direção ou em direção errada, e em sua vida futura seguirão aquela em que foram dirigidas na tenra idade. Os hábitos então formados crescerão à medida que elas se desenvolverem, e se fortalecerão na proporção em que se robustecerem. ... Degeneração Física CP 81 2 O homem veio das mãos do Criador perfeito e belo na forma, e tão dotado de força vital que levou mais de mil anos para que os corruptos apetites e paixões, bem como a geral violação da lei física fossem sensivelmente notados na raça. As gerações mais recentes têm sentido a pressão da enfermidade e da doença mais rápida e rigorosamente a cada geração. As forças vitais têm sido grandemente enfraquecidas pela condescendência com o apetite e as paixões da concupiscência. ... A violação da lei física e sua conseqüência - o sofrimento humano - têm por tanto tempo prevalecido, que homens e mulheres olham o atual estado de doença, sofrimento, debilidade e morte prematura como a sorte destinada aos homens. ... CP 81 3 A estranha ausência de princípios, que caracteriza esta geração e se manifesta no desprezo às leis da vida e da saúde, é coisa surpreendente. ... A principal ansiedade, por parte da maioria, é: Que comerei? Que beberei? e com que me vestirei? ... As energias morais acham-se enfraquecidas porque homens e mulheres não vivem em obediência às leis da saúde, e não tornam esse grande assunto um dever pessoal. ... A maioria ... permanece na ignorância das leis de seu ser, condescendendo com o apetite e a paixão, com prejuízo do intelecto e da moral; e parecem dispostos a permanecer na ignorância do resultado que se segue à violação das leis naturais. Satisfazem o pervertido apetite quanto ao uso de venenos lentos, que corrompem o sangue e destroem a força nervosa, trazendo, conseqüentemente, doença e morte sobre si. ... A Importância da Educação no Lar CP 82 1 Uma grande causa do deplorável estado de coisas existentes é que os pais não se sentem na obrigação de criar os filhos em conformidade com as leis físicas. As mães amam esses filhos com amor idólatra, e são complacentes com o apetite deles quando sabem que isso é nocivo à saúde, trazendo assim sobre eles doença e infelicidade. Essa cruel bondade manifesta-se em grande escala na geração atual. Os desejos das crianças são satisfeitos à custa da saúde e do bom temperamento, porque é mais fácil para a mãe, no momento, satisfazê-las do que negar aquilo que elas pedem. Assim semeiam elas próprias a semente que brotará e dará frutos. CP 82 2 As crianças não são educadas a renunciar ao apetite e restringir os desejos, e tornam-se egoístas, exigentes, desobedientes, ingratas e profanas. As mães que estão fazendo essa obra hão de ceifar com amargura o fruto da semente por elas lançada. Pecaram contra o Céu e contra os próprios filhos, e Deus as considerará responsáveis. CP 83 1 Houvesse a educação, por gerações atrás, sido dirigida por plano inteiramente diverso, e a juventude de hoje não seria tão depravada e inútil. Os diretores e professores das escolas teriam sido pessoas que conhecessem fisiologia, e que tivessem interesse, não somente em educar os jovens nas ciências, mas em ensinar-lhes a maneira de conservar a saúde, de modo a empregarem da melhor maneira os conhecimentos, depois de os haverem adquirido. ... Regulamentação do Trabalho e da Recreação CP 83 2 Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e bem desenvolvidos músculos e cérebro, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham bem regulada ocupação e recreação. As crianças e os jovens mantidos na escola e presos aos livros não podem possuir sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tem a tendência de atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com bem pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. ... CP 83 3 Ligados às escolas, deve haver estabelecimentos que desenvolvam vários ramos de trabalho, a fim de os estudantes terem ocupação e o necessário exercício fora das horas de estudo. A ocupação dos alunos e a recreação devem ter sido reguladas tendo em vista a lei física, sendo adaptadas à conservação do tono saudável de todas as energias do corpo e da mente. Depois, poderiam obter conhecimentos práticos de ofícios ao mesmo tempo que vão adquirindo sua instrução literária. CP 84 1 Os estudantes devem, enquanto na escola, ser despertados em suas sensibilidades morais no que respeita a ver e sentir os direitos que a sociedade tem sobre eles. Devem viver em obediência às leis naturais, de modo a poderem, por sua vida e influência, por preceito e exemplo, ser para essa sociedade proveito e bênção. A juventude deve ser impressionada quanto ao fato de exercerem todos uma influência que se faz sentir constantemente na sociedade, seja para progresso e elevação, seja para rebaixamento. O primeiro estudo dos jovens deve ser conhecerem-se a si mesmos, e conservar o corpo são. O Resultado da Aplicação Contínua CP 84 2 Muitos pais conservam os filhos na escola quase o ano inteiro. Essas crianças seguem mecanicamente a rotina do estudo, mas não retêm o que aprendem. Muitos desses estudantes contínuos parecem quase destituídos de vida intelectual. A monotonia do estudo seguido fatiga o cérebro, e pouco é o interesse que tomam nas lições; e para muitos, torna-se penosa a aplicação aos livros. Não têm íntimo amor ao pensar, nem ambição de adquirir conhecimentos. Não estimulam em si mesmos hábitos de reflexão e pesquisa. CP 84 3 As crianças carecem grandemente de educação apropriada, a fim de virem a ser de utilidade ao mundo. Qualquer esforço, porém, que exalte a cultura intelectual acima da educação moral, é mal orientado. Instruir, cultivar, polir e refinar jovens e crianças deve ser a principal preocupação de pais e mestres. São poucos os concentrados raciocinadores e os pensadores lógicos, em razão de haverem falsas influências impedido o desenvolvimento do intelecto. A suposição de pais e professores de que o estudo contínuo fortaleceria o intelecto tem-se demonstrado errônea; pois em muitos casos o efeito tem sido exatamente contrário. ... CP 85 1 Vivemos em uma época em que quase tudo é superficial. Pouca é a estabilidade e firmeza de caráter, porque a educação das crianças é superficial desde o berço. O caráter delas é formado sobre areia movediça. A abnegação e domínio próprio não foram entretecidos em seu caráter. Foram animadas e tratadas complacentemente até ficarem despreparadas para a vida prática. ... CP 85 2 As crianças devem ser exercitadas e educadas de modo a esperarem tentações, a contarem com dificuldades e perigos. Devem ser ensinadas a ter domínio próprio, e a vencer nobremente as dificuldades. E uma vez que não se precipitem voluntariamente para o perigo, e se coloquem sem necessidade no caminho da tentação, se fugirem às más influências e às companhias viciosas, sendo então, de maneira inevitável compelidas a estar em perigoso convívio, terão suficiente força de caráter para ficar ao lado do direito e manter o princípio, mantendo, com o poder de Deus, com sua moral incontaminada. Se os jovens que foram devidamente educados puserem em Deus a confiança, sua força moral resistirá à mais severa prova. Testimonies, v. 3, p. 131-144. ------------------------Capítulo 11 -- Nosso Colégio CP 86 1 Há risco de nosso colégio ser desviado de seu original desígnio. O propósito de Deus foi dado a conhecer - que nosso povo tenha a oportunidade de estudar as matérias correntes de estudo, aprendendo ao mesmo tempo os reclamos de Sua Palavra. Devem fazer-se conferências sobre temas bíblicos; o estudo das Escrituras deve ter o primeiro lugar em nosso sistema de educação. CP 86 2 Alunos são enviados de grandes distâncias a fim de estudarem no colégio de Battle Creek, visando justamente a instruírem-se por meio das palestras sobre assuntos bíblicos. Mas por um ou dois anos passados, tem havido certo esforço para moldar nossa escola por outros colégios. Assim sendo, não nos é possível animar os pais a enviar os filhos ao colégio de Battle Creek. CP 86 3 A influência moral e religiosa não deve ser deixada para trás. Em tempos passados, Deus tem operado por meio dos esforços dos professores e muitas almas viram a verdade e abraçaram-na, voltando à casa para viver daí em diante para Deus; e isso em virtude de sua estada no colégio. Vendo que o estudo da Bíblia era uma parte de sua educação, foram levados a considerá-la assunto de grande interesse e importância. A Educação de Jovens Para o Ministério CP 86 4 Bem pouca atenção tem sido dispensada à educação de jovens para o ministério. Esse era o principal objetivo no estabelecimento do colégio. De maneira alguma deve isso ser passado por alto ou considerado como assunto secundário. Por vários anos, entretanto, poucos têm saído dessa instituição preparados para ensinar a verdade a outros. CP 87 1 Alguns que ali chegaram à custa de grandes gastos, tendo em vista o ministério, têm sido animados pelos professores a tomar um curso completo de estudos, ocupando vários anos, e para obter meios a fim de realizar esse plano, entraram no ramo da colportagem, abandonando toda idéia de pregar. Isso é inteiramente errado. Não temos muitos anos em que trabalhar e os professores e o diretor deviam achar-se possuídos do Espírito de Deus, e trabalhar em harmonia com Sua vontade revelada, em lugar de executar seus próprios planos. Estamos perdendo muito todo ano, devido a não darmos atenção ao que Deus tem dito a esse respeito. CP 87 2 Nosso colégio é designado por Deus para satisfazer às necessidades deste tempo de perigo e desmoralização. Unicamente o estudo de livros não pode proporcionar aos estudantes a disciplina de que necessitam. É preciso pôr uma base mais ampla. O colégio não foi fundado para receber o cunho da mente de homem algum. Os mestres e o diretor devem trabalhar de comum acordo, como irmãos. Consultar-se entre si, bem como aconselhar-se com pastores e homens de responsabilidade, e, acima de tudo, buscar sabedoria do alto, a fim de que todas as decisões quanto à escola sejam de molde a receber a aprovação de Deus. ... CP 87 3 Necessita-se mais ampla educação - uma educação que exija de professores e diretor, consideração e esforço que a mera instrução nas ciências não requer. O caráter precisa receber a devida disciplina para atingir o máximo e mais nobre desenvolvimento. Os alunos devem receber no colégio preparo capaz de habilitá-los a manter posição respeitável, honesta e virtuosa na sociedade, em oposição às desmoralizadoras influências que estão corrompendo a juventude. CP 88 1 Bom seria que se pudesse ter junto ao nosso colégio terra para cultivo, bem como oficinas sob a direção de homens competentes para instruírem os alunos nas várias modalidades do trabalho manual. Muito se perde pela negligência de unir o esforço físico ao mental. As horas vagas dos alunos são muitas vezes ocupadas com divertimentos frívolos, que enfraquecem as faculdades físicas, mentais e morais. Sob a degradante força da condescendência sensual, ou a precoce estimulação do namoro e casamento, muitos alunos deixam de atingir a altura do desenvolvimento mental que de outro modo alcançariam. ... O Estudo da Bíblia CP 88 2 Se a moralidade e a religião devem existir em uma escola, isso tem de ser por meio do conhecimento da Palavra de Deus. Talvez alguns argumentem que, se o ensino religioso for tornado preeminente, nossa escola ficará impopular; e os que não pertencem à nossa fé não apoiarão o colégio. Muito bem, nesse caso, vão eles para outros, onde encontrem sistema de educação a seu gosto. Nossa escola foi estabelecida, não meramente para ensinar as ciências, mas com o fito de ministrar instrução nos grandes princípios da Palavra de Deus, e nos deveres práticos da vida diária. Essa é a educação de que tanto se necessita nos tempos atuais. CP 88 3 Caso uma influência mundana haja de dominar nossa escola, seja ela então vendida aos mundanos, e tomem eles o inteiro controle; e os que depositaram seus meios nessa instituição estabelecerão outra escola para ser dirigida, não sob o plano das escolas populares, nem segundo os desejos de diretores e professores, mas sob o plano especificado por Deus. CP 89 1 Em nome de meu Mestre, rogo a todos quantos se acham em posição de responsabilidade naquela escola, que sejam homens de Deus. Quando o Senhor nos exige ser distintos e peculiares, como podemos nós cobiçar popularidade, ou buscar imitar os costumes e práticas do mundo? Deus declarou ser desígnio Seu possuir na região um colégio em que a Bíblia tenha seu devido lugar na educação da juventude. Faremos nossa parte por cumprir esse desígnio? ... CP 89 2 Por intermédio do prelo, é colocado ao alcance de todos, conhecimentos de toda espécie; e todavia, quão grande é, em todas as comunidades, a parte depravada na moral e superficial em realizações mentais! Se tão-somente os homens se tornassem leitores e estudantes da Bíblia, diverso seria o estado de coisas que haveríamos de ver. CP 89 3 Em uma época como a nossa, abundante de iniqüidade, e em que o caráter de Deus e Sua lei são igualmente olhados com desdém, especial deve ser o cuidado tomado em ensinar a juventude a estudar, reverenciar e obedecer à vontade divina relevada aos homens. O temor do Senhor está-se extinguindo no espírito de nossos jovens, devido à sua negligência de estudar a Bíblia. CP 89 4 O diretor e os professores devem manter viva comunhão com Deus, colocando-se firme e destemidamente como testemunhas Suas. Jamais, por covardia ou política mundana, seja permitido que a Palavra de Deus fique para trás. Os alunos aproveitarão intelectual, bem como moral e espiritualmente, com o seu estudo. ... A Responsabilidade do Professor CP 90 1 Há uma obra a fazer por parte de cada professor em nosso colégio. Não há nenhum isento de egoísmo. Caso o caráter moral e religioso dos mestres fosse o que deveria ser, melhor seria a influência exercida sobre os alunos. Os professores não buscam individualmente cumprir seu dever, tendo em vista meramente a glória de Deus. Em lugar de olhar a Jesus e Lhe imitarem a vida e o caráter, olham ao próprio eu, visando demasiado a atingir uma norma humana. CP 90 2 Desejaria que me fosse dado impressionar todo mestre com um pleno senso de sua responsabilidade quanto à influência que ele exerce sobre os jovens. Satanás é incansável em seus esforços por conseguir o serviço de nossa juventude. Com grande cuidado, está armando laços aos pés inexperientes. O povo de Deus deve zelosamente guardar-se de seus ardis. CP 90 3 Deus é a personificação da benevolência, da misericórdia e do amor. Os que se acham realmente ligados com Ele não podem estar em desarmonia uns com os outros. Sendo o coração regido por Seu Espírito, desenvolve harmonia, amor e unidade. O contrário disso vê-se entre os filhos de Satanás. A obra deste é suscitar inveja, contenda e ciúmes. Em nome de meu Mestre, pergunto aos professos seguidores de Cristo: Que frutos produzis? CP 90 4 No sistema de instrução usado nas escolas seculares, é negligenciada a parte mais importante da educação - a religião bíblica. A educação não afeta somente em alto grau a vida do aluno aqui na Terra, mas sua influência se estende para a eternidade. Quão importante, pois, é que os professores sejam pessoas capazes de exercer correta influência! Devem ser homens e mulheres de experiência religiosa, que recebem diariamente luz divina a fim de a comunicar aos alunos. A Parte dos Pais CP 91 1 Não se espera, no entanto, que os professores façam a obra dos pais. Tem havido, da parte de muitos pais, terrível negligência do dever. Como Eli, falham quanto a exercer a devida restrição; e depois, mandam os indisciplinados filhos para o colégio a fim de receber a educação que os pais lhes deviam ter ministrado em casa. CP 91 2 Os mestres têm uma tarefa que poucos apreciam. Caso sejam bem-sucedidos em reformar esses extraviados jovens, pouco é o mérito que se lhes atribui. Se os jovens procuram a companhia dos que são inclinados para o mal, e vão de mal a pior, então os professores são censurados e acusada a escola. Em muitos casos, a censura caberia justamente aos pais. Eles tiveram a primeira e mais favorável oportunidade de controlar e educar os filhos, quando o espírito dos mesmos era dócil, a mente e o coração facilmente impressionáveis. Devido à negligência dos pais, porém, as crianças têm permissão de seguir a própria vontade, até se endurecerem em má direção. CP 91 3 Estudem os pais menos do mundo e mais de Cristo; ponham menos esforço em imitar os costumes e modas do mundo, e consagrem mais tempo e esforço a moldar a mente e o caráter dos filhos em harmonia com o divino Modelo. Poderiam então enviar os filhos e filhas fortalecidos por uma pura moral e nobres ideais, a fim de se educarem para ocupar posições de utilidade e confiança. Mestres que são controlados pelo amor e temor de Deus, poderiam levar esses jovens ainda mais adiante e mais acima, preparando-os para ser uma bênção ao mundo e uma honra a seu Criador. CP 92 1 Ligado a Deus, todo instrutor exercerá influência no sentido de induzir os discípulos a estudarem a Palavra de Deus e obedecer Sua Lei. A mente será encaminhada à consideração dos interesses eternos, discernindo vastos campos de ideais, grandes e enobrecedores temas, para apoderar-se dos quais o mais vigoroso intelecto poderá exercer todas as suas energias, e sentir ainda que existe para além um infinito. A Necessidade de se Aconselharem Juntos CP 92 2 Os males da presunção e de não santificada independência, que por demais prejudicam nossa utilidade, e que, a não serem vencidos, se demonstrarão nossa ruína, originam-se no egoísmo. "Aconselhai-vos juntamente", eis a mensagem que me tem sido muitas vezes dada pelo anjo de Deus. Influenciando a mente de um homem, pode Satanás dirigir as questões a seu jeito. Poderá ser bem-sucedido em levar para uma errônea direção o espírito de duas pessoas; mas quando várias se consultam entre si, a segurança é maior. Todo plano será mais meticulosamente discutido, todo passo mais cautelosamente estudado. Assim haverá menos perigo de atos precipitados e imprudentes, que trouxessem confusão e perplexidade. Há força na união; na divisão, fraqueza e derrota. CP 92 3 Deus está conduzindo um povo e preparando-o para a trasladação. Estamos nós, que desempenhamos uma parte nesta obra, portando-nos como sentinelas de Deus? Estamos tentando atuar unidos? Estamos dispostos a tornar-nos servos de todos? Estamos seguindo nosso grande Exemplo? CP 93 1 Coobreiros, estamos todos lançando sementes no campo da vida. Qual a semente, tal será a colheita. Se semeamos desconfiança, inveja, ciúmes, amor-próprio, pensamentos e sentimentos amargos, havemos de ceifar amargura para nossa própria alma. Se manifestarmos bondade, amor, terna consideração para com os sentimentos de outros, o mesmo havemos de colher por nossa vez. A Cortesia Cristã CP 93 2 O professor severo, crítico, despótico e desatencioso para com os sentimentos alheios deve esperar que o mesmo espírito se manifeste para com ele próprio. Aquele que deseja conservar a dignidade e o respeito precisa cuidar para não ferir desnecessariamente o respeito próprio dos demais. Essa regra deve ser observada como sagrada quanto aos mais jovens e aos estudantes com dificuldades. O que Deus pretende fazer com jovens aparentemente desinteressados não o sabeis. Ele já tem aceito pessoas que não eram mais promissoras nem atraentes a fim de fazerem para Ele uma grande obra. Operando Seu Espírito no coração, despertou todas as faculdades para vigorosa ação. O Senhor viu naquelas pedras brutas, não lavradas, matéria preciosa capaz de suportar a prova da tempestade, do calor e da pressão. Deus não vê como o homem. Não julga pela aparência, mas esquadrinha o coração e julga retamente. CP 93 3 O professor deve sempre conduzir-se como um cristão cortês. Deve ter para com seus discípulos a atitude de amigo e conselheiro. Se todo o nosso povo - professores, pastores e membros leigos - cultivasse o espírito da cortesia cristã, encontraria muito mais facilmente acesso ao coração do povo; muitos mais seriam levados a examinar e receber a verdade. Quando todo professor esquecer o próprio eu, experimentando profundo interesse no êxito e prosperidade dos alunos, compreendendo que os mesmos são propriedade de Deus, e que ele tem de prestar contas de sua influência sobre a mente e o caráter deles, então teremos uma escola em que os anjos se deleitarão em demorar. Jesus contemplará aprovadoramente a obra dos mestres e derramará Sua graça no coração dos estudantes. ... A Verdadeira Prova de Prosperidade CP 94 1 Caso abaixeis a norma a fim de conseguir popularidade e maior número, fazendo desse acréscimo objeto de satisfação, mostrais com isso grande cegueira. Fossem os números indício de êxito, Satanás poderia reclamar a preeminência; pois, neste mundo, os que o seguem constituem a grande maioria. É o grau de força moral de que o colégio se acha possuído, a prova de sua prosperidade. A virtude, inteligência e piedade do povo que compõe nossa igreja, deveriam ser causa de alegria e gratidão, não seu número. CP 94 2 Sem a influência da graça divina, a educação não se demonstrará nenhum bem real; o que aprende se torna orgulhoso, vão, fanático. A educação recebida sob a enobrecedora e purificadora influência do grande Mestre, porém, elevará o homem na escala do valor moral para com Deus. Ela o habilitará a subjugar o orgulho e a paixão, e a andar humildemente diante de Deus, como quem dEle depende quanto a toda aptidão, toda oportunidade e todo privilégio. CP 94 3 Dirijo-me aos obreiros de nosso colégio: Não deveis apenas professar ser cristãos, mas exemplificar o caráter de Cristo. Que a sabedoria do alto penetre todo o vosso ensino. Em um mundo de trevas morais e corrupção, patenteai que o espírito que vos impulsiona à ação vem do alto, não de baixo. Enquanto vos apoiardes inteiramente na própria força e sabedoria, os melhores esforços que fizerdes pouco realizarão. Se fordes impulsionados pelo amor para com Deus, tendo como fundamento a Sua lei, fareis obra perdurável. Ao passo que o feno, a madeira e a palha serão consumidos, vossa obra resistirá à prova. CP 95 1 Os jovens postos sob o vosso cuidado tereis de encontrar outra vez em torno do grande trono branco. Se permitirdes que vossas maneiras incultas ou o descontrolado temperamento dominem a situação, deixando assim de influenciar esses jovens para seu eterno bem, devereis naquele dia enfrentar as conseqüências de vossa obra. Pelo conhecimento da lei divina e a obediência aos Seus preceitos, podem os homens tornar-se filhos de Deus. Pela violação dessa lei, fazem-se servos de Satanás. Por um lado, podem eles erguer-se a qualquer altitude na excelência moral; podem, por outro lado, descer a qualquer profundidade na iniqüidade e degradação. Os obreiros de nosso colégio devem manifestar zelo e diligência proporcionais ao valor da recompensa em jogo - a alma de seus alunos, a aprovação de Deus, vida eterna e as alegrias dos remidos. CP 95 2 Como colaboradores de Cristo, tendo oportunidades tão favoráveis de comunicar o conhecimento de Deus, nossos professores devem trabalhar sob inspiração celeste. O coração dos jovens não está endurecido nem suas idéias e opiniões estereotipadas como acontece com os mais idosos. Poderão ser conquistados para Cristo mediante vosso santo porte, devoção e proceder semelhante a Cristo. Seria muito melhor assoberbá-los menos de estudos em outras matérias, e dar-lhes mais tempo para os privilégios religiosos. Nisso se tem cometido grande erro. ... O Objetivo de Deus Quanto ao Colégio CP 96 1 Não se pode traçar limites à nossa influência. Um ato impensado poderá implicar a ruína de muitas almas. O procedimento de cada obreiro em nosso colégio causa impressões no espírito dos jovens, impressões que são levadas para fora, para se reproduzirem em outros. O objetivo do professor é preparar cada jovem sob seu cuidado para ser uma bênção ao mundo. Esse objetivo não deveria nunca ser perdido de vista. Alguns há que professam estar trabalhando para Cristo, e que todavia, acidentalmente, passam para o lado de Satanás, e fazem-lhe a obra. Poderá o Salvador declarar tais obreiros como bons e fiéis servos? Estão eles, como sentinelas, dando à trombeta sonido certo? ... CP 96 2 Recomenda-nos o Salvador: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mc 14:38). Se encontramos dificuldades e, no poder de Cristo, as vencemos; se nos defrontamos com inimigos e, no poder de Cristo, os pomos em fuga; se aceitamos responsabilidades e, na força de Cristo, delas nos desempenhamos fielmente, então estamos adquirindo preciosa experiência. Como não poderíamos fazer de outro modo, aprendemos que nosso Salvador é socorro bem presente em todo tempo de necessidade. CP 96 3 Em nosso colégio há uma grande obra a fazer, a qual exige a cooperação de todo professor; e desagrada a Deus que uns desanimem os outros. Mas quase todos parecem esquecer que Satanás é acusador dos irmãos, e se unem com o inimigo nessa obra. Enquanto professos cristãos contendem, Satanás prepara suas armadilhas para os pés inexperientes das crianças e dos jovens. Aos que são possuidores de experiência religiosa cumpre proteger os jovens contra os seus ardis. Jamais deverão esquecer que eles próprios foram, uma vez, fascinados com os prazeres do pecado. Necessitamos da misericórdia e paciência de Deus a toda hora, ficando-nos portanto tão impróprio o impacientar-nos com os erros da inexperiente juventude! Enquanto Deus os suporta, ousaremos nós, que também somos pecadores, repeli-los? CP 97 1 É nosso dever considerar sempre os jovens como a aquisição do sangue de Cristo. Como tais, têm eles direito ao nosso amor, paciência e simpatia. Se queremos seguir a Jesus, não restringiremos nosso interesse e afeto a nós mesmos e às pessoas da própria família; não nos é dado dispensar o tempo e a atenção a assuntos temporais, e esquecer os interesses eternos dos que nos rodeiam. ... "Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei" (Jo 15:12) é o mandamento de Jesus. Considerai Sua abnegação; vede a espécie de amor que Ele nos tem dispensado; procurai então imitar o Modelo. Testimonies, v. 5, p. 21-35. CP 97 3 Se havemos de um dia conhecer a verdade, será porque a praticamos. É necessário possuirmos viva experiência nas coisas de Deus antes de Lhe podermos compreender a Palavra. É esse conhecimento experimental que fortalece o intelecto, e nos edifica em Cristo, nossa Cabeça viva. ------------------------Capítulo 12 -- O Comportamento dos Alunos CP 98 1 Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade devem possuir aquele grau de domínio próprio e força de princípios religiosos que os habilite a ficar inabaláveis em meio às tentações, e a erguer-se por Cristo no colégio, nas casas em que estiverem como pensionistas, ou onde quer que se encontrem. A religião não é para ser usada apenas como uma capa na casa de Deus; os princípios religiosos devem caracterizar a vida inteira. Os que estão bebendo da fonte da vida não hão de, à semelhança dos mundanos, manifestar um ansioso desejo de novidades e prazeres. Em sua conduta e caráter, manifestarão tranqüilidade, paz e ventura que encontraram em Jesus, mediante o depor-Lhe diariamente aos pés as perplexidades e preocupações. Mostram que, no caminho da obediência e do dever, há contentamento e mesmo alegria. Tais pessoas exercerão sobre seus seguidores uma influência que se fará sentir sobre toda a escola. CP 98 2 Os que compõem esse fiel exército hão de refrigerar e fortalecer os mestres, combatendo toda espécie de infidelidade, discórdia e negligência no cumprimento das regras e regulamentos. Exercerão salvadora influência; e suas obras não perecerão no grande dia de Deus, mas segui-los-ão ao mundo por vir. A influência de sua vida aqui falará através dos intermináveis séculos da eternidade. CP 98 3 Um jovem sincero, consciencioso e fiel numa escola é um inestimável tesouro. Anjos celestes contemplam-no amorosamente, e no Livro do Céu se acha registrada cada obra de justiça, cada tentação resistida e cada mal subjugado. Ele está deitando um firme fundamento para o tempo por vir, a fim de poder lançar mão da vida eterna. CP 99 1 Da mocidade cristã depende, em grande medida, a conservação e a perpetuidade das instituições planejadas por Deus como meio de fazer progredir Sua obra. Não houve jamais uma época em que tão momentosos resultados dependessem de uma geração. Quão importante, pois, que a juventude esteja habilitada para essa grande obra, a fim de que Deus Se possa dela servir como instrumento! Os direitos do Criador sobre eles estão acima de todos os demais. CP 99 2 Foi Deus quem deu a vida e todos os dotes físicos e mentais de que a juventude é possuidora. Ele lhes concedeu aptidões para serem sabiamente desenvolvidas, a fim de realizarem obra que perdure como a eternidade. Em retribuição a Seus grandes dons, requer o devido cultivo e exercício das faculdades intelectuais e morais. Não lhes deu essas faculdades para mero divertimento, ou para que as empreguem mal, trabalhando contra Sua vontade e providência, mas para promover o conhecimento da verdade e da santidade do mundo. Em troca de Sua contínua bondade e infinitas misericórdias, reclama da parte deles bondade, veneração e amor. Exige justamente obediência às Suas leis e a todas as sábias regulamentações que restrinjam e guardem os jovens dos ardis de Satanás, e os conduzam por caminhos de paz. CP 99 3 Aflige o coração, o caráter inculto e descuidoso de muitos jovens nesta época do mundo. Se os jovens pudessem ver que, andando em harmonia com as leis e regulamentos de nossas instituições, não estão senão fazendo o que lhes dará mais vantagem na sociedade, elevará o caráter, enobrecerá o espírito e aumentará a felicidade, não se haviam de rebelar contra regras justas e exigências sãs, nem de se empenhar em suscitar suspeitas e preconceitos contra essas instituições. CP 100 1 Nossa juventude deve enfrentar, com energia e fidelidade, as exigências que lhe são impostas; e isto será uma garantia de êxito. Jovens que nunca foram bem-sucedidos nos deveres temporais da vida, estarão da mesma maneira mal preparados para se empenhar nos mais elevados deveres. Uma experiência religiosa só se obtém mediante conflito, decepção, rigorosa disciplina do próprio eu, e fervorosa oração. Os passos em direção do Céu devem ser dados um após outro; e cada passo avante comunica força para o que vem a seguir. A Convivência com os Outros CP 100 2 Enquanto na escola, os alunos não devem permitir que a mente lhes fique confundida por pensamentos de namoro. Eles aí estão a fim de preparar-se para trabalhar para Deus, e este pensamento deve ocupar sempre o primeiro lugar. Que os alunos obtenham a mais ampla visão possível de suas obrigações para com Deus. Estudem diligentemente a maneira de, durante sua vida estudantil, efetuar serviço prático para o Mestre. Evitem sobrecarregar a alma de seus professores, manifestando espírito leviano e negligente menosprezo pelos regulamentos. CP 100 3 Os estudantes podem fazer muito para tornar a escola um êxito, trabalhando com os professores no auxiliar a outros alunos, e esforçando-se zelosamente por elevar-se acima das normas baratas e baixas. Os que cooperam com Cristo purificarão sua linguagem e índole. Não serão intratáveis nem preocupados consigo mesmos, buscando o seu próprio prazer e satisfação. Encaminharão todos os seus esforços a colaborar com Cristo como mensageiros de Sua misericórdia e amor. São um com Ele em espírito e em ação. Procuram acumular na mente os preciosos tesouros da Palavra de Deus, para que cada um possa fazer a obra que lhe é designada. CP 101 1 Em todo o nosso trato com os estudantes, devem-se tomar em consideração a idade e o caráter. Não podemos tratar os menores e os de mais idade da mesma maneira. Circunstâncias há em que, a rapazes e moças de sólida experiência e de bom comportamento, se podem conceder alguns privilégios não dispensados a estudantes mais novos. A idade, as condições e o modo de pensar devem ser tomados em conta. Devemos ser prudentemente considerados em toda a nossa obra. Não devemos, porém, diminuir a firmeza e a vigilância no lidar com alunos de todas as idades, tampouco a estrita proibição das associações imprudentes e inúteis de jovens e imaturos estudantes. CP 101 2 Em nossas escolas em Battle Creek, Healdsburg e Cooranbong, dei positivo testemunho acerca desses assuntos. Houve pessoas que acharam a restrição demasiado severa. Mas disse-lhes claramente o que podia ser, e o que não podia ser, mostrando-lhes que nossas escolas são estabelecidas com grande custo, para um propósito definido, e que tudo quanto impeça a realização desse desígnio deve ser eliminado. CP 101 3 Repetidamente me ergui diante dos alunos na escola de Avondale, com mensagens vindas do Senhor com relação à influência deletéria da franca e fácil associação entre rapazes e moças. Disse-lhes que, se não se guardassem, nem procurassem aproveitar o melhor possível o tempo, a escola não lhes traria benefício, e os que estavam pagando suas despesas ficariam decepcionados. Disse-lhes que, se estivessem decididos a fazer a própria vontade, melhor seria que voltassem para casa, para debaixo da guarda dos pais. Isso poderiam fazer a qualquer tempo, se resolvessem não submeter-se ao jugo da obediência; pois não pretendíamos que alguns deles servissem de cabeça ao mau proceder, desmoralizando os outros alunos. CP 102 1 Eu disse ao diretor e aos professores que Deus pusera sobre eles a responsabilidade de zelar pelos alunos como aqueles que por elas hão de dar contas. Mostrei-lhes que a má direção seguida por alguns dos alunos desencaminharia a outros, caso assim continuasse, considerando Deus os professores responsáveis por isso. Viriam para a escola alguns estudantes que não haviam sido disciplinados em casa, e cujas idéias acerca da justa educação e seu valor estavam pervertidas. Fosse-lhes permitido levar as coisas a seu jeito, e ficaria frustrado o objetivo no estabelecimento da escola, sendo o pecado imputado aos responsáveis das mesmas, como se eles próprios o houvessem cometido. CP 102 2 Deus considera cada um responsável pela influência que circunda sua alma, seja no que lhe diz respeito, seja no que concerne aos outros. Ele requer de jovens, homens e mulheres que sejam estritamente moderados e conscienciosos no emprego de suas faculdades da mente e do corpo. Suas aptidões só podem ser devidamente desenvolvidas pelo mais diligente uso das oportunidades que lhes são oferecidas, e do sábio emprego de suas faculdades para glória de Deus e benefício de seus semelhantes. CP 103 1 Saber o que constitui a pureza da mente, da alma e do corpo é parte importante da educação. Paulo resumiu as realizações possíveis a Timóteo, dizendo: "Conserva-te a ti mesmo puro" (1Tm 5:22). O Filho de Deus não será condescendente com a impureza de pensamentos, palavras ou atos. Todo encorajamento e as mais ricas bênçãos são oferecidos aos vencedores das más práticas, mas as mais terríveis penalidades impostas aos que profanam o corpo e contaminam a alma. CP 103 2 Mestres, são bem-aventurados os puros de coração, agora. Não, bem-aventurados serão os puros de coração. Jesus disse: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" (Mt 5:8). Sim, qual Moisés, suportarão a vista dAquele que é invisível. Têm a garantia das mais ricas bênçãos, tanto nesta vida como na por vir. CP 103 3 Estudantes, se vigiardes e orardes, e fizerdes fervorosos esforços na devida direção, sereis de todo possuídos do espírito de Cristo. "Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências" (Rm 13:14). Seja vossa decisão tornar a escola bem-sucedida. Se derdes ouvidos às instruções dadas na Palavra de Deus, saireis com tal desenvolvimento das faculdades intelectuais e morais, que causará regozijo aos próprios anjos, e, com cântico, Se alegrará Deus em vós. Sob tal disciplina, conseguireis o mais pleno desenvolvimento de vossas faculdades. Não permitais que a leviandade e a concupiscência da juventude, mediante as múltiplas tentações, tornem um fracasso o dia de vossa oportunidade e privilégio. Revesti-vos dia a dia de Cristo; e, no breve período de vossa prova, mantende, pelo poder de Deus, vossa dignidade e força como coobreiros dos mais altos agentes do Céu. CP 104 1 Ao fiel professor cabe o privilégio de colher cada dia os resultados visíveis de seu paciente e perseverante serviço de amor. É dado a ele observar o desenvolvimento das tenras plantas quando brotam, florescem e dão o fruto da ordem, pontualidade, fidelidade, integridade e da verdadeira nobreza de caráter. É-lhe dado testemunhar o amor da verdade e do direito, crescendo e fortalecendo-se nessas crianças e jovens por quem ele é responsável. Que lhe poderá proporcionar maiores recompensas do que ver os discípulos desenvolverem caráter que os fará nobres e úteis como homens e mulheres, aptos a ocupar posições de responsabilidade e confiança - homens e mulheres que, no futuro, hão de manejar o poder de reprimir más influências, e ajudar na dispersão das trevas morais do mundo? CP 104 2 Ao despertar o mestre no espírito dos discípulos a compreensão das possibilidades que se acham diante deles, ao fazê-los apoderar-se da verdade a fim de se tornarem úteis, nobres, homens e mulheres fidedignos, está acionando ondas de influência que, mesmo depois de haver ele próprio baixado ao repouso, hão de dilatar-se mais e mais, levando alegria aos tristes, e inspirando aos abatidos à esperança. Acendendo-lhes no espírito e no coração a lâmpada do fervoroso esforço, é recompensado em ver-lhe os brilhantes raios difundirem-se em todas as direções, iluminando, não somente a vida dos poucos que dia a dia se sentam diante dele a fim de receber instruções, mas, por intermédio destes, a vida de muitos outros. ------------------------Capítulo 13 -- A Primeira Escola da Criança CP 107 1 Em Sua sabedoria, o Senhor determinou que a família seja o maior dentre todos os fatores educativos. É no lar que a educação da criança deve se iniciar. Ali está a sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, terá a criança de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida - lições de respeito, obediência, reverência e domínio próprio. As influências educativas do lar são uma força decidida para o bem ou para o mal. São, em muitos sentidos, silenciosas e graduais, mas, sendo exercidas na direção devida, tornam-se fator de grande alcance em prol da verdade e justiça. Se a criança não é instruída corretamente ali, Satanás a educará por meio de fatores de sua escolha. Quão importante, pois, é a escola do lar! CP 107 2 Na escola do lar, que é o curso inicial, deve-se utilizar o melhor talento. Sobre todos os pais repousa o dever de proporcionar instrução física, mental e espiritual. Deve ser o objetivo de cada pai alcançar para seu filho um caráter bem equilibrado e simétrico. Tal é uma obra de não pequena grandeza e importância, e que requer ardoroso pensamento e oração, não menos que esforço paciente e perseverante. Deve-se pôr um fundamento correto, fazer uma armação forte e firme, prosseguindo então, dia após dia, na obra de edificar, polir e aperfeiçoar. CP 108 1 As crianças podem ser adestradas para o serviço do pecado, ou para o serviço da justiça. Diz Salomão: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer, não se desviará dele" (Pv 22:6). Esta maneira de falar é positiva. O ensino que Salomão ordena, consiste em dirigir, educar e desenvolver. Mas a fim de fazerem os pais essa obra, devem eles próprios compreender o "caminho" em que a criança deve andar. É impossível aos pais dar a seus filhos o devido ensino, a menos que eles primeiramente se entreguem a Deus, aprendendo do grande Mestre lições de obediência à Sua vontade. CP 108 2 O preparo físico e desenvolvimento do corpo é dado muito mais facilmente do que o ensino espiritual. O salão e o pátio de brinquedos, a oficina, a semeadura e a colheita - tudo isso proporciona ensino físico. Sob circunstâncias favoráveis comuns, a criança adquire naturalmente vigor de saúde e desenvolvimento conveniente dos órgãos do corpo. Todavia, mesmo sob o ponto de vista físico, deve a criança ser cuidadosamente ensinada. CP 108 3 A cultura da alma, que dá pureza e elevação aos pensamentos e perfume às palavras e aos atos, requer um esforço mais solícito. É necessário paciência para extirpar do jardim do coração todo o mau intuito. O ensino espiritual em caso algum deve ser negligenciado, pois "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Sl 111:10). Para alguns a educação é posta em seguida à religião, mas a verdadeira educação é religião. A Bíblia deve ser o primeiro livro da criança. Deste Livro devem os pais ministrar uma sábia instrução. A Palavra de Deus deve constituir-se a regra da vida. Por ela aprendam as crianças que Deus é o Pai; e das belas lições de Sua Palavra devem elas adquirir conhecimento de Seu caráter. Incutindo nelas os seus princípios, devem elas aprender a fazer justiça e juízo. CP 109 1 Por alguma razão, muitos pais não gostam de dar aos filhos instrução religiosa; e deixam que eles recebam na Escola Sabatina o conhecimento que é seu privilégio e dever comunicar. Esses pais deixam de atender à responsabilidade sobre eles posta, de darem aos filhos uma educação completa. Deus ordena a Seu povo criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. O que significa doutrina e admoestação do Senhor? Significa ensiná-los a dirigir a vida pelos apelos e lições da Palavra; auxiliá-los a adquirir uma compreensão clara das condições de entrada na cidade de Deus. Não é a todos os que quiserem entrar que se abrirão as portas daquela cidade, mas apenas aos que estudarem para conhecer a vontade de Deus, e entregarem a vida à Sua direção. CP 109 2 Pais, seja simples a instrução que dais a vossos filhos, e certificai-vos de que ela é claramente compreendida. As lições que aprendeis da Palavra, deveis apresentar às mentes juvenis, tão claramente que não deixem de compreender. Por meio de lições simples, tiradas da Palavra de Deus e da própria experiência, podeis ensiná-los a conformar a vida à mais elevada norma. Mesmo na infância e juventude podem aprender a viver vida ponderada, séria, que produza ótimos resultados. O Altar da Família CP 110 1 Em todo lar cristão, Deus deve ser honrado pelo sacrifício de oração e louvor, de manhã e à noite. As crianças devem ser ensinadas a respeitar e reverenciar a hora da oração. É dever dos pais cristãos, pela manhã e à noite, mediante oração fervorosa e perseverante fé, construir em redor de seus filhos uma cerca de proteção. CP 110 2 Na igreja do lar devem as crianças aprender a orar e confiar em Deus. Ensinai-as a repetir a lei de Deus. Com referência aos mandamentos, ensinou-se aos israelitas: "E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te" (Dt 6:7). Vinde humildemente, com o coração cheio de ternura, e com intuição das tentações e perigos que estão diante de vós e de vossos filhos; pela fé ligai-os ao altar, rogando para eles o cuidado do Senhor. Ensinai as crianças a proferirem suas simples palavras de oração. Dizei-lhes que Deus Se deleita em que elas clamem a Ele. CP 110 3 Passará o Senhor do Céu por alto a tais lares, sem deixar bênção alguma ali? Por certo não. Anjos ministradores guardarão as crianças que assim são dedicadas a Deus. Eles ouvem o oferecimento de louvores e a oração da fé, e levam as petições Àquele que ministra no santuário em favor de Seu povo, e oferece Seus méritos em prol deles. A Disciplina do Lar CP 110 4 Às crianças deve se ensinar que suas faculdades lhes foram dadas para honra e glória de Deus. Para tal fim devem aprender a lição da obediência; pois unicamente por meio de vida de obediência voluntária podem elas prestar a Deus o serviço que Ele requer. Antes que a criança tenha idade suficiente para raciocinar, pode ser ensinada a obedecer. Mediante esforço moderado e persistente, deve estabelecer-se este hábito. Assim, em grande parte, podem ser evitados aqueles conflitos posteriores entre a vontade e a autoridade, os quais tanto contribuem para suscitar na mente dos jovens desapego e amargura para com os pais e professores, e tantas vezes resistência a toda a autoridade humana e divina. CP 111 1 Mostre-se às crianças que a verdadeira reverência se revela pela obediência. Deus nada ordenou que não seja essencial, e não há outro modo tão agradável a Ele para se manifestar reverência como a obediência àquilo que Ele falou. CP 111 2 A mãe é a rainha do lar, e os filhos são os seus súditos. Deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser excelsa; sua palavra, lei. Se é cristã, sob o governo de Deus se imporá ao respeito dos filhos. Dizei a vossos filhos exatamente o que exigis deles. Então compreendam eles que vossa palavra deve ser obedecida. Assim estais a ensiná-los a respeitar os mandamentos de Deus, que positivamente declaram: farás isto ou não farás. CP 111 3 Poucos pais começam devidamente cedo a ensinar seus filhos a obedecer. Consente-se usualmente que a criança tome aos pais a dianteira aos dois ou três anos, deixando aqueles de discipliná-la por julgarem que seja muito nova para aprender a obedecer. Mas em todo esse tempo o eu está se tornando forte no pequeno ser, e cada dia torna mais difícil a tarefa do pai, de conseguir o domínio. Em mui tenra idade as crianças podem compreender o que lhes é dito clara e simplesmente, e mediante uma direção bondosa e cuidadosa podem ser ensinadas a obedecer. Nunca se lhes deve permitir mostrar desrespeito para com os pais. Nunca se deve permitir que a obstinação passe sem ser reprimida. O futuro bem-estar da criança requer disciplina bondosa e amável, mas firme. CP 112 1 Há uma cega afeição que dá às crianças o privilégio de fazerem como lhes apraz. Consentir, porém, que a criança siga seus impulsos naturais corresponde a consentir que ela se corrompa e se torne hábil no mal. Os pais prudentes não dirão a seus filhos: "Sigam o que quiserem; vão aonde quiserem; façam o que quiserem"; antes dirão: "Ouvi a instrução do Senhor." Devem-se fazer regras e regulamentos sábios, e pôr em execução, a fim de que a beleza da vida doméstica não se perverta. CP 112 2 É impossível descrever os males que resultam de deixar a criança entregue à sua própria vontade. Alguns que se extraviam porque são negligenciados na infância, mais tarde, incutindo-se-lhes lições práticas, voltarão a si; mas muitos se perdem para sempre porque na infância e juventude receberam apenas uma cultura parcial, unilateral. A criança que é assim prejudicada tem um pesado fardo a levar por toda a vida. Nas provações, nos desapontamentos, nas tentações, ela seguirá sua vontade indisciplinada e mal dirigida. As crianças que nunca aprenderam a obedecer, terão caráter fraco e impulsivo. Procuram governar, mas não aprenderam a sujeitar-se. Não têm força moral para restringir seu temperamento extravagante, corrigir seus maus hábitos ou subjugar a vontade insubmissa. Os desvarios da meninice não adestrada, não disciplinada, tornam-se herança da idade madura. O intelecto pervertido mal pode discernir entre o verdadeiro e o falso. CP 113 1 Os pais que em verdade amam a Jesus testificarão disto amando os filhos com amor não condescendente, mas que opere sabiamente para o seu maior bem. Empregarão na obra de salvar os filhos toda a santificada energia e habilidade. Em vez de os tratar como objetos de brinquedo, considerarão a eles como aquisição de Cristo, e lhes ensinarão que devem tornar-se filhos de Deus. Em vez de consentir que condescendam com um mau temperamento e desejos egoístas, lhes ensinarão lições de restrição própria. As crianças serão mais felizes, muito mais felizes, sob a devida disciplina do que se as deixarmos fazer o que seus impulsos não educados sugerem. As mais verdadeiras graças de uma criança consistem na modéstia e obediência, ou seja, em ter ela ouvidos atentos para escutar as palavras de guia, pés e mãos dispostos a andar e trabalhar no caminho do dever. Tornar Atraente o Lar CP 113 2 Ao mesmo tempo em que muitos pais erram no lado da condescendência, outros vão ao extremo oposto, governando os filhos com vara de ferro. Parecem esquecer-se de que eles mesmos já foram crianças. São cheios de si, frios e sem simpatia. A jovialidade e caprichos infantis e a incansável atividade da vida juvenil não têm desculpas aos seus olhos. Faltas triviais são tratadas como se fossem graves pecados. Tal disciplina não é segundo a maneira de Cristo. As crianças assim ensinadas temem os pais, mas não os amam; não lhes confiam suas experiências infantis. Algumas das mais valiosas qualidades de espírito e coração morrem enregeladas, como tenra planta diante da rajada hibernal. CP 114 1 Conquanto não devamos condescender com uma cega afeição, tampouco devemos manifestar indevida severidade. As crianças não podem ser levadas ao Senhor à força. Podem ser guiadas, mas não compelidas. "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu conheço-as, e elas Me seguem" (Jo 10:27). Ele não diz: "Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e são compelidas a andar no caminho da obediência." Nunca devem os pais ocasionar a seus filhos mágoa pela aspereza ou exigências sem razão. A aspereza compele-os para a rede de Satanás. CP 114 2 Administrai as regras do lar com sabedoria e amor, e não com vara de ferro. As crianças corresponderão com uma obediência voluntária, à regra de amor. Elogiai vossos filhos sempre que possível. Tornai sua vida tão feliz quanto possível. Provede-lhes diversões inocentes. Tornai a casa uma Betel, lugar santo, consagrado. Conservai macio o terreno do coração, por meio de manifestação de amor e afeto, preparando-o assim para a semente da verdade. Lembrai-vos de que o Senhor dá à terra não somente nuvens e chuva, mas a linda e risonha luz solar, fazendo com que a semente germine e apareçam as flores. Lembrai-vos de que as crianças necessitam não somente de repreensão e correção, mas também de animação e elogio, a grata satisfação das boas palavras. CP 114 3 O lar deve ser para as crianças o mais atrativo lugar do mundo, e sua maior atração deve ser a presença da mãe. As crianças têm natureza sensível e amorosa. Facilmente se consegue agradá-las, e facilmente também se sentem infelizes. Mediante uma disciplina branda, com palavras e atos amáveis, as mães podem unir os filhos ao seu coração. CP 115 1 Acima de tudo, devem os pais cercar os filhos de uma atmosfera de alegria, cortesia e amor. O lar em que habita o amor, e onde encontra expressão nos olhares, nas palavras e atos, é um lugar em que os anjos se deleitam em demorar-se. Pais, que a luz do amor, da jovialidade, e de um feliz contentamento entre em vosso próprio coração, e sua doce influência invada o lar. Manifestai espírito bondoso e paciente; animai vossos filhos, cultivando todas as graças que iluminarão a vida doméstica. A atmosfera assim criada será para as crianças o que o ar e a luz do Sol são para o mundo vegetal, promovendo a saúde e o vigor do espírito e do corpo. CP 115 2 Em vez de mandar que os filhos se afastem dela, a fim de não ser molestada pelo barulho que fazem, ou perturbada por suas pequeninas necessidades, imagine a mãe algum divertimento ou trabalho leve, para entreter a mente e suas ativas mãozinhas. Penetrando em seus sentimentos, dirigindo-lhes os brinquedos e as ocupações, a mãe conquistará a confiança dos filhos; assim poderá ela mais eficazmente corrigir os maus hábitos, ou impedir a manifestação do egoísmo ou paixão. Uma palavra de aviso ou reprovação proferida no devido tempo será de grande valor. Mediante paciente e vigilante amor, ela poderá dar à mente das crianças a verdadeira direção, nelas cultivando belos e atrativos traços de caráter. Crianças Pouco Promissoras CP 115 3 Há algumas crianças que necessitam, mais do que outras, disciplina paciente e benévolo ensino. Receberam como legado traços de caráter não prometedores, e por causa disso necessitam de mais simpatia e amor. Mediante trabalho perseverante esses transviados podem preparar-se para um lugar na obra do Mestre. Podem possuir faculdades não desenvolvidas, as quais, sendo despertadas, os habilitarão a preencher lugares muito antes do que aqueles de quem mais se esperou. CP 116 1 Se tendes filhos de natureza peculiar, não caia por tal motivo sobre sua vida o peso do desânimo. Não deve haver ordens dadas em alta voz, palavras descorteses e iradas, nem expressões ásperas, severas ou sombrias. Auxiliai-os, manifestando perdão e simpatia. Fortalecei-os com palavras amoráveis e ações bondosas a fim de que vençam seus defeitos de caráter. CP 116 2 A ação de "quebrar a vontade" é contrária aos princípios de Cristo. A vontade da criança dever ser dirigida e guiada. Poupai toda força da vontade, pois o ser humano necessita de toda ela, mas dai-lhe a devida direção. Tratai-a com sabedoria e ternura, como um tesouro sagrado. Não a despedaceis; antes, mediante preceito e verdadeiro exemplo, moldai-a sabiamente até que a criança chegue aos anos em que será responsável por si mesma. Quando e Como Punir CP 116 3 A mãe pode perguntar: "Nunca deverei castigar meu filho?" A vara pode ser necessária quando falharem outros recursos; contudo não deve fazer uso dela se for possível evitar. Mas, se medidas mais brandas se mostrarem insuficientes, deve administrar-se com amor o castigo que levará a criança à compreensão de seus deveres. Freqüentemente um só destes corretivos será suficiente para mostrar por toda a vida que não está observando a disciplina. CP 117 1 E, quando este passo se torna necessário, deve impressionar-se seriamente a criança com o pensamento de que isto não é feito para a satisfação dos pais, ou para comprazer uma autoridade arbitrária, mas para o bem da própria criança. Deve-se ensinar a ela que cada falta que não é corrigida, trará infelicidade a ela, e desagradará a Deus. Sob disciplina tal, as crianças encontrarão sua maior felicidade em sujeitar sua vontade à vontade de seu Pai celestial. CP 117 2 Freqüentemente fazemos mais para provocar do que para ganhá-las. Vi uma mãe arrebatar da mão do filho algo que lhe estava proporcionando prazer especial. A criança não soube a razão disso, e naturalmente sentiu-se ofendida. Seguiu-se então uma rixa entre mãe e filho, e um castigo severo finalizou a cena quanto ao que respeitava às aparências exteriores; mas tal batalha deixou naquele espírito tenro uma impressão que não se apagaria facilmente. Essa mãe agiu imprudentemente. Não raciocinou partindo da causa para o efeito. Seu procedimento ríspido e insensato suscitou as piores paixões no coração do filho, e em toda ocasião semelhante tais paixões se despertavam e fortaleciam. CP 117 3 Achais que Deus não tem conhecimento da maneira por que tais crianças são corrigidas? Ele o sabe, e também sabe quais poderiam ser os abençoados resultados se o trabalho de correção fosse feito de maneira a conquistar em vez de repelir. CP 117 4 Não corrijais nunca vossos filhos em ira. A mostra de paixão de vossa parte não curará o mau temperamento de vosso filho. Esta é a ocasião por excelência em que deveis agir com humildade, paciência e oração. É então o momento para ajoelhar com as crianças, e do Senhor pedir perdão. Pais cristãos, antes de ocasionar dor física a vossos filhos, revelai o amor que tendes por eles, que são sujeitos a errar. Prostrando-vos perante Deus com vosso filho, apresentareis diante do Redentor, que é cheio de simpatia, as Suas próprias palavras: "Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus" (Mc 10:14). Esta oração trará anjos ao vosso lado. Vosso filho não se esquecerá destas experiências, e a bênção de Deus repousará sobre tal instrução, levando-o a Cristo. CP 118 1 Quando as crianças compreendem que seus pais estão procurando ajudá-las, elas aplicam suas energias na devida direção. E para as crianças que têm a instrução conveniente no lar, serão maiores as vantagens de nossas escolas do que para aqueles a quem se permite crescerem sem auxílio espiritual em casa. CP 118 3 As crianças que não experimentaram o poder purificador de Jesus são presa legítima do inimigo, e anjos maus têm fácil acesso a elas. Alguns pais são descuidosos e permitem que seus filhos cresçam com poucas restrições. Os pais têm uma grande obra a fazer quanto a corrigir e ensinarem os filhos, levá-los a Deus e reivindicar Suas bênçãos sobre eles. Mediante esforços fiéis e incansáveis por parte dos pais, e a bênção e graça conferidas às crianças em resposta às orações dos pais, pode quebrar-se o poder dos anjos maus, derramando-se uma influência santificadora sobre as crianças. Serão assim repelidas as potestades das trevas. ------------------------Capítulo 14 -- Salvaguardar os Jovens CP 119 1 Desde a infância, os jovens necessitam que se levante uma firme barreira entre eles e o mundo, para que a influência corruptora deste não os possa afetar. Devem os pais exercer incessante vigia, para que os seus filhos não se percam de Deus. Os votos de Davi, registrados no Salmo 101, devem ser os de todos sobre quem repousam as responsabilidades de zelar pelas influências do lar. Declara o salmista: "Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará. Um coração perverso se apartará de mim; não conhecerei o homem mau. Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei. Os meus olhos procurarão os fiéis da Terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos" (Sl 101:3-7). CP 119 2 Os jovens não devem ser deixados a aprender o bem e o mal, indiscriminadamente, julgando os pais que em algum tempo futuro o bem predominará e o mal perderá sua influência. O mal aumentará mais depressa que o bem. É possível que o mal que as crianças aprendem possa ser desarraigado depois de muitos anos, mas quem poderá contar com isso? Podem os pais descuidar qualquer outra coisa, mas nunca devem deixar seus filhos soltos a vaguearem pelas sendas do pecado. A Escolha de Companheiros CP 120 1 Devem os pais lembrar-se de que a associação com os que têm moral frouxa e caráter vulgar exercerá influência perniciosa sobre os jovens. Se deixam de escolher para seus filhos companhia conveniente, se permitem que se associem com jovens de moral duvidosa, colocam-nos ou permitem que eles se coloquem numa escola em que são ensinadas e praticadas lições de depravação. Podem achar que seus filhos sejam bastante fortes para resistir à tentação; mas como poderão estar certos disso? É muito mais fácil ceder a más influências, do que a elas resistir. Antes que se apercebam disso, podem seus filhos tornar-se imbuídos do espírito de seus companheiros, e degradar-se ou arruinar-se. CP 120 2 Pais, resguardai os princípios e hábitos de vossos filhos como a menina de vossos olhos. Não permitais que se associem com qualquer pessoa cujo caráter não conheçais bem. Não consintais que tomem intimidade antes que estejais certos de que isso não lhes fará mal. Acostumai vossos filhos a confiarem em vosso discernimento e experiência. Ensinai-lhes que vós tendes percepção mais clara do caráter do que eles em sua inexperiência podem ter, e que vossas decisões não devem ser desatendidas. A Escolha da Leitura CP 120 3 Devem os pais esforçar-se por conservar fora do lar toda influência que não seja produtora do bem. Neste sentido alguns pais muito têm a aprender. Aos que se sentem livres para ler revistas de contos e novelas, desejo dizer: Estais a lançar uma semente, cuja ceifa não desejaríeis armazenar. Em tal leitura não há força espiritual a ser adquirida. Antes, ela destrói o amor à verdade pura da Palavra. Mediante tais revistas de contos e novelas, Satanás está operando com o fim de encher com pensamentos irreais e fúteis as mentes que deveriam estar diligentemente a estudar a Palavra de Deus. Assim ele rouba de milhares de milhares o tempo, energia e disciplina própria exigidos pelos sérios problemas da vida. CP 121 1 A mente susceptível e expansiva da criança almeja o saber. Devem os pais manter-se bem informados para que possam dar ao espírito de seus filhos o alimento conveniente. Semelhante ao corpo, a mente deriva sua força do alimento que recebe. Ela se alarga e eleva por meio de pensamentos puros, fortalecedores; mas estreita-se e degrada-se com pensamentos terrenos, rasteiros. CP 121 2 Pais, sois vós os que haveis de decidir se o espírito de vossos filhos se encherá de pensamentos enobrecedores, ou de sentimentos viciosos. Não podeis conservar desocupada sua mente ativa, tampouco podeis expulsar o mal com um simples gesto de enfado. Unicamente incutindo princípios corretos, podeis excluir maus pensamentos. A não ser que os pais plantem no coração dos filhos as sementes da verdade, o inimigo semeará o joio. A instrução boa e sã é o único preventivo contra as más conversas que corrompem os bons costumes. A verdade protegerá a alma das intermináveis tentações que terão de ser enfrentadas. CP 121 3 Ensinem-se os jovens a fazer estudo minucioso da Palavra de Deus. Recebida na alma, ela se mostrará uma poderosa barreira contra a tentação. "Escondi", declara o salmista, "a Tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti" (Sl 119:11). "Pela Palavra dos Teus lábios me guardei das veredas do destruidor" (Sl 17:4). Crianças Úteis CP 122 1 Uma das mais seguras salvaguardas da juventude é a ocupação útil. As crianças que são adestradas nos hábitos de trabalho, de maneira que todas as suas horas sejam útil e agradavelmente empregadas, não têm inclinação para queixar-se de sua sorte, nem tempo para ociosas ilusões. Correm pouco perigo de adquirir hábitos ou camaradagem viciosos. CP 122 2 Na escola do lar, devem as crianças ser ensinadas a cumprir os deveres práticos da vida diária. Enquanto ainda são pequenas, deve a mãe dar-lhes alguma tarefa simples a fazer cada dia. Levará mais tempo para ela as ensinar do que fazê-la ela própria; mas lembre-se de que deve, para a formação do caráter delas, lançar o fundamento da prestatividade. Lembre-se de que o lar é a escola em que ela é a mestra principal. Toca-lhe ensinar os filhos a cumprir os deveres da casa, pronta e habilmente. Tão cedo quanto possível, na vida deles, devem ser ensinados a participar dos encargos do lar. Desde a infância, os meninos e meninas devem ser instruídos a aceitar, cada vez mais, pesados encargos auxiliando inteligentemente na obra da sociedade familiar. CP 122 3 Ao atingirem as crianças idade conveniente, deveriam ser munidas de ferramentas. Notar-se-á que são hábeis discípulos. Se o pai é carpinteiro, deve dar-lhes lições de carpintaria. CP 122 4 Da mãe, devem as crianças aprender hábitos de limpeza, perfeição e desenvoltura. Consentir que a criança leve uma hora ou duas para fazer certa porção de trabalho que facilmente poderia ser feita em meia hora é consentir em que adquira hábitos de lentidão. Hábitos de laboriosidade e perfeição serão uma bênção indizível aos jovens na escola mais ampla da vida, para a qual deverão entrar quando forem mais velhos. CP 123 1 Não se deve permitir que as crianças pensem que tudo na casa são brinquedos seus, para fazerem com tudo como lhes apraz. Deve ser ministrada instrução neste sentido, mesmo às crianças menores. Corrigindo este hábito, vós o destruireis. É intento de Deus que as perversidades que são naturais à meninice sejam desarraigadas antes que se tornem hábitos. Não deis às crianças brinquedos que facilmente se quebrem. Fazer isso corresponde a dar lições de destruição. Tenham elas alguns brinquedos, e que sejam fortes e duráveis. Tais sugestões, por pequenas que possam parecer, muito significam na educação da criança. CP 123 2 As mães devem guardar-se de educar os pequenos de maneira a se tornarem dependentes, e absorvidos consigo mesmos. Nunca os leveis a cuidar que são o centro, e que tudo o mais deve girar em torno deles. Alguns pais dedicam demasiado tempo e atenção para distrair os filhos, mas estes devem ser acostumados a divertirem a si próprios, a exercer seu próprio engenho e habilidade. Assim aprenderão a estar satisfeitos com prazeres simples. Devem ser ensinados a sofrer corajosamente seus pequeninos desapontamentos e provações. Em lugar de chamar a atenção para toda dorzinha ou insignificante ferimento, distraí-lhes a mente, ensinai-lhes a passar por alto esses aborrecimentos e pequenos problemas. CP 123 3 Estudai a maneira como ensinar as crianças a ter consideração para com os outros. Cedo deve ficar a juventude acostumada à submissão, renúncia e consideração pela felicidade de outrem. Devem ser ensinados a subjugar seu temperamento repentino, a conter a palavra apaixonada, a manifestar invariável bondade, cortesia e domínio próprio. CP 124 1 Com o encargo de muitos cuidados, pode a mãe algumas vezes achar que não terá tempo para instruir pacientemente seus pequeninos, e proporcionar-lhes amor e simpatia. Lembre-se ela, porém, de que, se não encontram nos pais e em seu lar aquilo que satisfará seu desejo de simpatia e companhia, as crianças procurarão outras fontes, onde tanto o espírito como o caráter podem estar em perigo. CP 124 2 Concedei algumas de vossas horas de lazer aos filhos; associai-vos com eles no trabalho e nos esportes, e ganhai-lhes a confiança. Cultivai-lhes a amizade. Dai-lhes responsabilidades, pequenas a princípio, e maiores à medida que ficam com mais idade. Vejam eles que vós achais que vos são um auxílio. Nunca, nunca ouçam eles dizerdes: "Mais me estorvam do que me ajudam." CP 124 3 Sendo possível, a casa deve ser fora da cidade, onde as crianças possam ter terreno para cultivar. Tenha cada uma delas um pedaço de terreno; e, ao lhes ensinardes a fazer uma horta, a preparar o terreno para a sementeira, e a importância de arrancar toda planta daninha, ensinai-lhes também quão importante é excluir da vida todo costume feio e prejudicial. Ensinai-os a opor-se aos maus hábitos, assim como fazem às plantas daninhas na horta. Levará tempo para se ensinarem essas lições, mas valerá a pena, e muito. CP 124 4 Falai às vossas crianças a respeito do poder de Deus de operar milagres. Estudando elas o grande guia da natureza, Deus lhes impressionará a mente. O lavrador ara sua terra, e lança a semente; mas ele não pode fazer com que a semente cresça. Deve confiar em que Deus fará aquilo que poder humano algum é capaz de fazer. O Senhor põe Seu poder vital na semente, fazendo-a brotar à vida. Sob Seu cuidado, o germe da vida irrompe através da crosta dura que a envolve, e cresce para produzir fruto. Primeiro aparece a folha, depois a espiga, e então o grão cheio na espiga. Contando-se às crianças a obra que Deus faz com a semente, aprendem elas o segredo do crescimento na graça. CP 125 1 Há um valor indescritível no trabalho. Ensinem-se as crianças a fazer alguma coisa útil. Mais que sabedoria humana é necessária para que possam os pais compreender o quanto é melhor educar seus filhos para uma vida útil e feliz aqui, e para um serviço mais elevado e maior alegria na vida futura. O Bem-Estar Físico CP 125 2 Devem os pais procurar despertar nos filhos interesse pelo estudo de fisiologia. Desde o primeiro alvorecer da razão deve a mente humana ter entendimento a respeito da constituição física. Podemos ver e admirar a obra de Deus no mundo natural, mas a habitação humana é a mais maravilhosa. É, pois, da máxima importância que dentre os estudos escolhidos para as crianças, ocupe a fisiologia lugar relevante. Todas as crianças devem estudá-la. E então devem os pais providenciar para que a ela se acrescente a higiene prática. CP 125 3 As crianças devem ser ensinadas de modo a compreenderem que todo órgão do corpo e toda faculdade do espírito é dom de um Deus bom e sábio, e que cada um destes dons deve ser usado para Sua glória. Deve-se insistir nos hábitos corretos de comer, beber e vestir. Maus hábitos tornam os jovens menos susceptíveis à instrução bíblica. As crianças devem ser guardadas contra a condescendência com o apetite, e especialmente contra o uso de estimulantes e narcóticos. As mesas de pais cristãos não devem estar repletas de alimentos que contenham condimentos e especiarias. CP 126 1 Poucos são entre os jovens os que têm qualquer conhecimento definido dos mistérios da vida. O estudo do maravilhoso organismo humano e da relação e dependência de todas as suas complicadas partes é algo em que muitas mães têm pouco interesse, se é que o têm. Elas não compreendem a influência do corpo sobre a mente, ou da mente sobre o corpo. Ocupam-se com desnecessárias frivolidades, e então alegam que não têm tempo para obter as informações de que necessitam a fim de cuidar convenientemente da saúde dos filhos. Dá menos incômodo confiá-los ao médico. Milhares de crianças morrem pela ignorância dos pais com respeito às leis de saúde. CP 126 2 Se os próprios pais obtivessem conhecimento e reconhecessem a importância de pô-lo em prática na educação de seus queridos filhos, veríamos entre jovens e crianças um estado diferente de coisas. Ensinai vossos filhos a raciocinar da causa para o efeito; mostrai-lhes que, se violarem as leis de seu ser, como conseqüência sofrerão doenças. Se com vossos esforços não puderdes ver melhora especial, não desanimeis; instruí pacientemente ... Prossegui até alcançar a vitória. Continuai a ensinar vossos filhos quanto ao próprio corpo, e como dele cuidar. A imprudência em relação à saúde física leva à imprudência no caráter moral. CP 127 1 Não negligencieis ensinar vossos filhos a preparar alimento saudável. Dando-lhes essas lições de fisiologia e de boa culinária, estais a ensinar-lhes os primeiros passos em alguns dos mais úteis ramos de educação, além de incutir-lhes princípios necessários a sua vida religiosa. CP 127 2 Ensinai vossos filhos desde o berço a praticar a renúncia e o domínio próprio. Ensinai-os a apreciar as belezas da natureza, e com ocupação útil exercer todas as faculdades do espírito e do corpo. Criai-os de modo a terem constituição sadia e boa moral, a terem disposição jovial e temperamento aprazível. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resisti-la é nobre e varonil. CP 127 3 Que todos, tanto adultos como jovens, dêem atenção diligente às palavras traçadas pelo sábio há três mil anos: "Filho Meu, não te esqueças da Minha lei, e o teu coração guarde os Meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens" (Pv 3:1-4). Unidade na Direção CP 127 4 Unidos e com oração, devem pai e mãe enfrentar a solene responsabilidade de guiar corretamente a seus filhos. É principalmente sobre a mãe que recai a tarefa do ensino dos filhos; no entanto, o pai não deve absorver-se de tal maneira nos negócios da vida ou no estudo dos livros, que não possa ter tempo de estudar a natureza e necessidade de seus filhos. Deve auxiliar no descobrir meios pelos quais eles possam conservar-se ocupados com trabalho útil e agradável às suas disposições variadas. CP 128 1 O pai de meninos deve entrar em contato íntimo com seus filhos, dando-lhes o benefício de sua grande experiência, e falando com eles com tal simplicidade e ternura que os ligue ao seu coração. Deve deixá-los ver que ele tem em vista em todo o tempo o maior interesse e felicidade deles. Como sacerdote do lar, é responsável perante Deus pela influência que exerce sobre cada membro da família. CP 128 2 A mãe deve sentir sua necessidade da guia do Espírito Santo para que ela mesma possa ter uma experiência genuína de submissão ao caminho e vontade de Deus. Então, pela graça de Cristo, pode ser uma instrutora sábia, gentil e amorável. Fazer o seu trabalho como deve ser feito exige talento, perícia, e cuidado perseverante, ponderado. Isso requer desconfiança de si mesma e oração fervorosa. Procure toda mãe cumprir com esforço constante as suas obrigações. Leve ela os seus pequeninos a Jesus nos braços da fé, falando-Lhe de sua grande necessidade, e rogando sabedoria e graça. Fervorosa, paciente e corajosamente, deve ela procurar aperfeiçoar suas habilidades a fim de poder usar corretamente as mais elevadas faculdades do espírito ao ensinar seus filhos. CP 128 3 Como governantes comuns do reino do lar, mostrem o pai e a mãe bondade e cortesia um ao outro. Jamais o seu comportamento deve combater os preceitos que procuram incutir. Devem manter pureza de coração e vida, se desejam que os filhos sejam puros. Devem educar e disciplinar o eu, se desejam que os filhos estejam sujeitos à disciplina. Devem pôr diante dos filhos um exemplo digno de imitação. Se forem remissos nesse sentido, que responderão se os filhos a eles confiados se levantarem perante o tribunal do Céu como testemunhas de sua negligência? Quão terrível será para eles compenetrarem-se da perda e fracasso quando enfrentarem o Juiz de toda a Terra! CP 129 1 Um grande motivo por que há tanto mal no mundo hoje é ocuparem os pais o espírito com outras coisas, com exclusão da obra que é de todo importante - a tarefa de ensinar paciente e bondosamente a seus filhos no caminho do Senhor. Os pais não devem consentir que coisa alguma os impeça de dar aos filhos todo o tempo que é necessário para os fazer compreender o que significa obedecer ao Senhor e nEle confiar inteiramente. CP 129 2 Antes das visitas, antes de qualquer outra consideração, estão vossos filhos. O tempo gasto em desnecessária costura, Deus quer que o empregueis educando-os nas coisas essenciais. Aquele vestido desnecessário que estais a fazer, aquele prato extraordinário que pensais preparar - sejam eles antes negligenciados do que a educação de vossos filhos. O trabalho devido a vossos filhos durante seus primeiros anos não admite a negligência. Não há tempo na vida deles em que deva ser esquecida a regra: "Mandamento sobre mandamento, ... regra sobre regra, ...um pouco aqui, um pouco ali" (Is 28:10). Negai a vossos filhos o que quer que seja, exceto a instrução que, sendo fielmente seguida, torná-los-á membros bons e úteis da sociedade, e os preparará para a cidadania no reino do Céu. Um Preparo Missionário CP 130 1 Sobre os pais repousa a responsabilidade de desenvolver em seus filhos as capacidades que os habilitarão a prestar bom serviço a Deus. Deus vê todas as possibilidades nesse pedacinho de gente. Ele vê que, com ensino adequado, a criança se tornará uma força para o bem no mundo. Ele observa com ansioso interesse a fim de ver se os pais executarão o Seu plano, ou se por uma bondade mal-entendida vão contrariar o Seu propósito, condescendendo com a criança para a sua ruína presente e eterna. Transformar esse ser indefeso e aparentemente insignificante numa bênção ao mundo e honra a Deus é obra difícil e grandiosa. CP 130 2 Pais, auxiliai vossos filhos a cumprir o propósito de Deus em relação a eles. No lar, devem eles ser adestrados a fazer trabalho missionário que os prepare para esferas mais amplas de utilidade. Ensinai-os a serem uma honra Àquele que morreu para lhes alcançar a vida eterna no reino da glória. Ensinai-lhes que Deus tem uma parte para eles desempenharem em Sua grande obra. O Senhor os abençoará ao trabalharem para Ele. Podem ser a Sua mão auxiliadora. CP 130 3 Vosso lar é o primeiro campo em que sois chamados a trabalhar. As preciosas plantas do jardim do lar exigem vosso primeiro cuidado. Considerai cuidadosamente vossa obra, sua natureza, suas relações e seus resultados, lembrando-vos sempre de que vossos olhares, vossas palavras e vossas ações têm relação direta com o futuro de vossos queridos. Vossa obra não é dar expressão à beleza em uma tela, ou cinzelá-la no mármore, mas imprimir na alma humana a imagem do divino. CP 131 1 Dai a vossos filhos cultura intelectual e ensino moral. Fortificai-lhes a mente juvenil com princípios firmes e puros. Enquanto tendes oportunidade, ponde o fundamento de uma varonilidade e feminilidade nobres. Vosso trabalho será mil vezes recompensado. CP 131 2 Hoje é o dia da vossa incumbência, o dia de vossa responsabilidade e oportunidade. Breve chegará o dia de vossa prestação de contas. Assumi o vosso trabalho com oração fervorosa e fiel esforço. Ensinai vossos filhos que têm o privilégio de receber cada dia o batismo do Espírito Santo. Que Cristo ache em vós Sua mão auxiliadora a fim de executar os Seus propósitos. Pela oração podeis adquirir uma experiência que faça de vosso ministério em prol de vossos filhos um perfeito êxito. CP 131 3 Os pais adventistas do sétimo dia devem compreender de maneira mais ampla a sua responsabilidade como construtores de caráter. Deus põe diante deles o privilégio de fortalecer a Sua causa mediante a consagração e trabalhos de seus filhos. Deseja ver ajuntado dentre os lares de nosso povo um grande grupo de jovens que, devido às influências piedosas de seus lares, entregaram o coração a Ele, e saem a prestar-Lhe o mais elevado serviço de sua vida. Dirigidos e ensinados pela piedosa instrução do lar, pela influência do culto da manhã e da noite, e pelo exemplo coerente de pais que amam e temem a Deus, aprenderam a submeter-se a Deus como seu ensinador, e estão preparados para prestar-Lhe serviço aceitável como filhos e filhas fiéis. Tais jovens estão preparados para exporem ao mundo o poder e a graça de Cristo. ------------------------Capítulo 15 -- Que Vão Ler Nossos Filhos? CP 132 1 Que vão ler nossos filhos? Esta é uma questão séria, e que exige uma séria resposta. Perturba-me ver, entre as famílias observadoras do sábado, periódicos e jornais que contêm histórias em série, as quais não deixam impressão para o bem na mente das crianças e jovens. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção foi assim cultivado. Tiveram o privilégio de ouvir a verdade, de familiarizar-se com as razões de nossa fé; mas chegaram aos anos mais avançados destituídos da verdadeira piedade e religião prática. Não manifestam devoção e não refletem sobre seus companheiros a luz celestial para os levar à Fonte de todo verdadeiro conhecimento. CP 132 2 É durante os primeiros anos da vida da criança que sua mente é mais suscetível a impressões, sejam boas ou más. Durante esses anos, faz-se decidido progresso, quer na direção certa, quer na errada. De um lado, muita informação inútil pode ser adquirida; do outro, conhecimento muito sólido e valioso. A força do intelecto e o saber substancial são riquezas que o ouro de Ofir não pode comprar. Seu preço está acima do ouro ou da prata. CP 132 3 Aquela espécie de educação que habilita os jovens para a vida prática, eles naturalmente não a escolhem. Insistem em seus desejos, seus gostos ou aversões, preferências e inclinações; mas se os pais têm idéias corretas a respeito de Deus, da verdade e das influências e associações que deveriam rodear os filhos, compreenderão que sobre eles repousa a responsabilidade por Deus dada, de guiar cuidadosamente a juventude inexperiente. CP 133 1 Muitos jovens são ávidos por livros. Lêem qualquer coisa que possam obter. Apelo para os pais desses jovens a fim de que governem o desejo deles pela leitura. Não permitais sobre vossas mesas revistas e jornais em que se encontrem histórias de amor. Preenchei o lugar desses com livros que auxiliem os jovens a porem na formação de seu caráter o melhor material - o amor e o temor de Deus, o conhecimento de Cristo. Animai vossos filhos a armazenar na mente conhecimento valioso, a deixar que aquilo que é bom ocupe a alma e dirija suas faculdades, não dando lugar a pensamentos baixos e degradantes. Restringi o desejo pela leitura que não forneça ao espírito bom alimento. O dinheiro gasto com revistas de ficção pode não parecer muito; mas é demasiado para ser gasto naquilo que tanto se presta para o fim de corromper, e do que seja bom dá tão pouco de volta. Os que estão no serviço de Deus, não devem gastar tempo nem dinheiro com leitura que não seja proveitosa. Leitura Inútil CP 133 2 O mundo está inundado de livros que melhor seria queimar do que fazê-los circular. Melhor seria que nunca fossem lidos pela juventude livros sobre assuntos sensacionais, publicados e circulados com o fim de ganhar dinheiro. Há em tais livros uma fascinação satânica. A emocionante relação de crimes e atrocidades tem sobre muitos um poder sedutor que os leva a meditar sobre o que podem fazer no sentido de obter fama, mesmo mediante as mais iníquas ações. As monstruosidades, crueldades e práticas licenciosas expostas nalguns dos escritos estritamente históricos têm agido como fermento em muitos espíritos, determinando atos semelhantes. CP 134 1 Livros que esboçam práticas satânicas de seres humanos estão a dar publicidade ao mal. Não é necessário deter-se na consideração desses horríveis particulares, e pessoa alguma que creia na verdade para este tempo deve tomar parte em perpetuar a lembrança dos mesmos. Quando o intelecto é alimentado e estimulado por esse alimento depravado, os pensamentos se tornam impuros e sensuais. CP 134 2 Há outra espécie de livros - histórias de amor e contos frívolos e excitantes, livros estes que são uma maldição para todo que os lê, mesmo que o autor possa aplicar uma boa moral. Muitas vezes declarações religiosas se acham entretecidas por todos esses livros; mas na maioria dos casos Satanás apenas está vestido em trajes de anjo para enganar e seduzir os incautos. A prática da leitura de histórias é um dos meios empregados por Satanás para destruir as almas. Produz satisfação falsa e doentia, agita a imaginação, inabilita o espírito para a utilidade e para todo exercício espiritual. Afasta a alma da oração e do amor às coisas espirituais. CP 134 3 Os leitores de contos frívolos e empolgantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, achavam-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Pensamentos e conversas religiosos eram inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de embriagados mentais. Hábitos intemperantes na leitura têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo. CP 135 1 Os que condescendem com o hábito de "devorar" uma história incitante estão simplesmente invalidando sua força mental e inabilitando o espírito para o pensamento e pesquisas mais profundas. Alguns jovens e mesmo pessoas de idade madura têm sofrido de paralisia, proveniente de nenhuma outra causa que não o excesso na leitura. A força nervosa do cérebro foi conservada em constante excitação, até que esse maquinismo delicado se tornou exausto, recusando-se a agir. Algumas partes de seu delicado mecanismo deram tudo de si, e como resultado houve a paralisia. CP 135 2 Há homens e mulheres, no declínio da vida, que nunca se restabeleceram dos efeitos da intemperança no ler. O hábito adquirido em seus primeiros anos cresceu com sua idade e fortaleceu-se com sua força. Seus decididos esforços para vencer o pecado de abusar do intelecto foram em parte bem-sucedidos; mas nunca recuperaram o completo vigor do espírito, o qual Deus lhes conferira. Autores Ateus CP 135 3 Outra fonte de perigos contra que devemos estar constantemente de sobreaviso é a leitura de autores ateus. Tais obras são inspiradas pelo inimigo da verdade, e ninguém as pode ler sem trazer perigo à alma. É verdade que alguns dos que por elas são afetados podem refazer-se finalmente; mas todos os que se põem ao alcance de suas más influências colocam-se no terreno de Satanás, e ele tira disso a maior vantagem. Convidando eles as suas tentações, não têm sabedoria para discernir nem força para resisti-las. Com um poder fascinante, sedutor, a incredulidade se apodera da mente. CP 136 1 Estamos constantemente cercados pela incredulidade. A própria atmosfera parece carregada de incredulidade. Unicamente com esforço perseverante podemos resistir ao seu poder. Aqueles que dão valor à sua salvação devem evitar os escritos ateístas como evitariam a lepra. Ocupação Prévia do Terreno CP 136 2 O melhor meio de impedir o crescimento do mal é ocupar previamente o terreno. Em vez de recomendar a vossos filhos que leiam "Robinson Crusoé" ou histórias fascinantes da vida real como "A Cabana do Pai Tomás", abri-lhes as Escrituras e gastai algum tempo cada dia, lendo e estudando a Palavra de Deus. O gosto mental deve ser disciplinado e educado com o máximo cuidado. Devem os pais começar cedo a desvendar as Escrituras à mente em desenvolvimento de seus filhos a fim de que se possam formar hábitos convenientes de pensamento. CP 136 3 Nenhum esforço deve ser poupado no sentido de estabelecer hábitos corretos de estudo. Se a mente divaga, fazei-a voltar. Se o gosto intelectual e moral foi pervertido pelos absorventes contos de ficção, de maneira a não haver inclinação para o espírito se aplicar, há uma batalha a ser travada a fim de vencer esse hábito. O amor à leitura de ficção deve ser imediatamente vencido. Regras severas devem ser postas em execução para conservar o espírito na direção certa. CP 136 4 Entre um campo inculto e a mente não educada há semelhança notável. Na mente das crianças e jovens, o inimigo semeia o joio e, a menos que os pais vigiem atentamente, ele crescerá, produzindo seu mau fruto. É necessário incessante cuidado ao cultivar-se o terreno do espírito, e ao lançar-se nele a preciosa semente da verdade bíblica. Às crianças deve se ensinar a rejeitar os contos levianos, empolgantes, e volver à leitura sensata, que levará o espírito a ter interesse na narração, história e argumentação da Bíblia. A leitura que lança luz sobre o Volume Sagrado, e desperta o desejo de estudá-lo, não é perigosa, mas proveitosa. A Lição da Escola Sabatina CP 137 1 A Escola Sabatina proporciona a pais e filhos uma oportunidade para o estudo da Palavra de Deus. Mas a fim de que adquiram o benefício que deveriam alcançar na Escola Sabatina, cumpre tanto a pais como a filhos dedicar tempo ao estudo da lição, procurando obter completo conhecimento dos fatos apresentados, e também das verdades espirituais que esses fatos se destinam a ensinar. Devemos especialmente impressionar o espírito dos jovens com a importância de procurar o amplo significado da passagem em consideração. CP 137 2 Pais, separai um período de tempo cada dia para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos. Deixai a visita de sociabilidade, se necessário for, de preferência a sacrificar a hora dedicada às lições de história sagrada. Tanto pais como filhos receberão benefício desse estudo. Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isso não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. A Leitura no Círculo da Família CP 138 1 Mostre o nosso povo ter vivo interesse na obra médico-missionária. Preparem-se para ser úteis, estudando a literatura que foi preparada para nossa instrução em tais assuntos. Os que estudam e praticam os princípios do viver saudável serão grandemente abençoados, física e espiritualmente. A compreensão da filosofia da saúde é uma salvaguarda contra muitos males que estão continuamente aumentando. CP 138 2 Pais e mães, obtende todo o auxílio que puderdes, mediante o estudo de nossos livros e publicações. Tomai tempo para ler a vossos filhos nos livros de saúde bem como nos livros que tratam mais particularmente de assuntos religiosos. Ensinai-lhes a importância de cuidar do corpo - a casa em que vivem. Formai um círculo familiar de leitura. Cada membro da família, pondo de lado as preocupações do dia, una-se no estudo. Especialmente o jovem, que se tenha acostumado a ler novelas e livros baratos de histórias, receberá benefício, unindo-se nesse estudo familiar à noite. A Bíblia CP 138 3 Acima de tudo, tomai tempo para ler a Bíblia - o Livro dos livros. O estudo diário das Escrituras tem influência santificadora, enobrecedora, sobre o espírito. Ligai o volume sagrado ao vosso coração. Ele se vos mostrará amigo e guia na perplexidade. CP 138 4 Tanto adultos como jovens negligenciam a Bíblia. Não fazem dela seu estudo, a regra de sua vida. Os jovens, especialmente, são culpados dessa negligência. A maioria deles encontra tempo para ler outros livros, mas aquele que indica o caminho da vida eterna não é diariamente estudado. Histórias ociosas são lidas atentamente, ao passo que a Bíblia é negligenciada. Esse Livro é nosso guia para uma vida mais elevada e santa. Os jovens o declarariam o mais interessante livro que já leram, não estivesse sua imaginação pervertida pela leitura de histórias fictícias. CP 139 1 As mentes juvenis deixam de atingir seu mais nobre desenvolvimento quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria - a Palavra de Deus. O fato de nos acharmos no mundo de Deus, em presença do Criador; o fato de sermos feitos à Sua imagem; de que Ele olha por nós, nos ama e cuida de nós - eis maravilhosos temas para o pensamento, e que levam a mente a amplos e exaltados campos de meditação. Aquele que abre a mente e o coração a temas como esses, jamais ficará satisfeito com assuntos triviais, de sensação. CP 139 2 A importância de buscar um completo conhecimento das Escrituras dificilmente pode ser avaliada. "Divinamente inspirada", capaz de nos fazer sábios "para a salvação", tornando o homem de Deus "perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2Tm 3:15-17), a Bíblia tem o mais sagrado direito à nossa reverente atenção. Não nos devemos satisfazer com um conhecimento superficial, antes devemos procurar aprender o verdadeiro significado das palavras de verdade e beber com muito interesse da sabedoria das Sagradas Escrituras. ------------------------Capítulo 16 -- A Parábola da Semente em Crescimento CP 140 1 Jesus ensinava por meio de ilustrações e parábolas tiradas da natureza e dos acontecimentos familiares da vida diária. ... Desse modo, associava as coisas naturais com as espirituais, ligando as coisas da natureza e a experiência pessoal de Seus ouvintes com as sublimes verdades da Palavra escrita. E sempre que, mais tarde, os olhos deles repousavam nos objetos com que Ele associara a verdade eterna, eram repetidas as Suas lições. CP 140 2 Uma das mais belas e impressionantes parábolas de Cristo é a do semeador e da semente. "O reino de Deus é assim", disse Ele, "como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica; primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga" (Mc 4:26-28). ... Aquele mesmo que deu esta parábola criou a pequenina semente, deu-lhe as suas propriedades vitais e determinou as leis que lhe governariam o crescimento; e a fez uma vívida ilustração da verdade, tanto no mundo natural como no espiritual. CP 140 3 As verdades que esta parábola ensina se fizeram uma viva realidade na própria vida de Cristo. Tanto em Sua natureza física como na espiritual, Ele seguiu a ordem divina para o crescimento, ilustrada pela planta, conforme Ele deseja que todo jovem faça. Embora fosse a Majestade do Céu, o Rei da glória fez-Se um bebê em Belém, e durante algum tempo representou a indefesa criancinha sob os cuidados da mãe. CP 141 1 Na infância, Jesus fez os trabalhos de uma criança obediente. Falava e agia com a sabedoria de criança, e não de homem, honrando a Seus pais e realizando os seus desejos de modo a auxiliá-los conforme a habilidade de uma criança. No entanto, em cada estágio de Seu desenvolvimento Ele era perfeito, com a graça simples e natural de uma vida sem pecado. O relato sagrado diz a respeito de Sua infância: "E o Menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele" (Lc 2:40). E quanto à Sua juventude acha-se registrado: "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens" (Lc 2:52). CP 141 2 Aqui é sugerida a obra dos pais e professores. ... Devem ter como objetivo cultivar de tal maneira as tendências dos jovens que em cada estágio de sua vida possam representar a beleza natural apropriada àquele período, desenvolvendo-se naturalmente, como o fazem as plantas no jardim. A Beleza da Simplicidade CP 141 3 As crianças que são naturais e não afetadas são mais atraentes. Não é prudente ter as crianças em especial consideração, ou repetir diante delas suas expressões inteligentes. Não deve ser encorajada a vaidade, louvando seu parecer, suas palavras ou ações. Tampouco devem vestir-se de maneira dispendiosa ou aparatosa. Isso alimenta nelas o orgulho e desperta a inveja no coração de seus companheiros. Ensinai às crianças que o verdadeiro adorno não é o exterior. "O enfeite ... não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus" (1Pe 3:3, 4). CP 142 1 Os pequeninos devem ser educados na simplicidade infantil. Devem ser ensinados a estar contentes com os pequenos e proveitosos deveres, e com os prazeres e experiências naturais a seus anos. A infância corresponde à erva [ou broto] da parábola, e a erva tem uma beleza que lhe é peculiar. Às crianças não se deve impor uma maturidade precoce, antes devem conservar tanto quanto possível o frescor e graça de seus tenros anos. O Jardim do Coração CP 142 2 A parábola do semeador e da semente comunica uma profunda lição espiritual. A semente representa os princípios semeados no coração; e seu crescimento, o desenvolvimento do caráter. Tornai prático o ensino a esse respeito. As crianças podem preparar o terreno e semear a semente; e, enquanto elas trabalham, os pais, ou o professor, podem explicar-lhes o jardim do coração com a boa ou a má semente ali semeada. E, assim como o jardim deve ser preparado para a semente natural, deve o coração ser preparado para a semente da verdade. À medida que a planta cresce, a relação entre a semeadura natural e a espiritual pode continuar. CP 142 3 As criancinhas podem ser cristãs, tendo uma experiência de acordo com sua idade. Isso é tudo o que Deus espera delas. Necessitam ser educadas em coisas espirituais; e os pais devem proporcionar-lhes toda a oportunidade para que possam formar um caráter à semelhança do de Cristo. CP 143 1 A mente não cessará jamais de ser ativa. Ela está exposta às influências, sejam boas ou más. Assim como o rosto humano é estampado pela luz na tela do artista, igualmente são os pensamentos e impressões estampados na mente da criança; e quer sejam estas impressões terrenas, quer morais e religiosas, são elas quase indeléveis. Quando a razão está despertando, a mente é mais susceptível; e, assim, as primeiras lições são de grande importância. Essas lições têm poderosa influência na formação do caráter. Se são do cunho devido, e se, à medida que a criança avança em anos, são seguidas com paciente perseverança, os destinos terrestre e eterno se modelarão para o bem. Esta é a palavra do Senhor: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele" (Pv 22:6). CP 143 2 Pais, dai vossos filhos ao Senhor e lembrai-lhes sempre que pertencem a Ele, que são os cordeiros do rebanho de Cristo, vigiados pelo Verdadeiro Pastor. Ana dedicou Samuel ao Senhor; e dele se diz: "E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as Suas palavras [as palavras do Senhor por intermédio de Samuel] deixou cair em terra" (1Sm 3:19). No caso deste profeta e Juiz de Israel, são apresentadas as possibilidades postas diante do filho cujos pais cooperam com Deus, efetuando a obra que lhes é designada. CP 143 3 Os filhos são herança do Senhor e devem ser ensinados para o Seu serviço. Essa é a obra que repousa sobre os pais e professores, com uma força solene e sagrada, obra de que não se poderão eximir, e que não poderão passar por alto. A negligência dessa obra assinala-os como servos infiéis; há, porém, uma recompensa quando a semente da verdade cedo é lançada no coração, e é cuidada atentamente. CP 144 1 Cristo conclui a parábola: "E, quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa" (Mc 4:29). Quando a seara da Terra for recolhida, veremos o resultado de nossa labuta; pois veremos aqueles por quem trabalhamos e oramos, reunidos no celeiro celestial. Assim entraremos no gozo de nosso Senhor, quando "o trabalho da Sua alma Ele verá e ficará satisfeito" (Is 53:11). Special Testimonies on Education, p. 67-72. CP 144 3 O trabalho da mãe parece-lhe muitas vezes um serviço sem importância. Um trabalho raramente apreciado. Outros pouco sabem de seus muitos cuidados e encargos. Seus dias estão ocupados com uma rotina de pequenos deveres, exigindo todos um esforço paciente, domínio próprio, tato, sabedoria e abnegado amor. Todavia ela não pode orgulhar-se do que tem feito como sendo uma realização. Tão-somente tem cuidado que as coisas no lar, corressem em boa ordem. Freqüentemente cansada e perplexa, tem procurado falar bondosamente às crianças a fim de as conservar ocupadas e felizes, e guiar seus pezinhos no caminho reto. Ela julga que nada cumpriu. Mas não é assim. Anjos celestiais observam a mãe consumida de cuidados, notando os fardos que ela tem sobre si dia após dia. Seu nome pode não ser ouvido no mundo, mas está escrito no Livro da vida do Cordeiro. ------------------------Capítulo 17 -- Lições de Prestatividade CP 145 1 A vida não nos foi dada para ser vivida em ociosidade nem em satisfação egoísta. Grandes possibilidades são postas diante de todos os que desenvolverem as aptidões que lhes foram concedidas por Deus. Por essa razão é de suma importância a educação dos jovens. Toda criança nascida no lar é um depósito sagrado. Deus diz aos pais: "Toma esta criança e cria-a para Mim, a fim de que venha a ser uma honra ao Meu nome, e um conduto através do qual Minhas bênçãos possam fluir para o mundo." Habilitar a criança para uma vida assim requer algo mais que uma educação parcial, unilateral, que desenvolva as faculdades mentais com prejuízo das físicas. Todas as faculdades da mente e do corpo precisam ser desenvolvidas; e esta é a obra que os pais, auxiliados pelo Mestre, devem fazer pelas crianças e pelos jovens postos sob o seu cuidado. CP 145 2 De grande importância são as primeiras lições. É costume mandar crianças muito novas à escola. Exige-se delas que estudem de livros coisas que sobrecarregam a mente infantil, e muitas vezes lhes é ensinada a música. Freqüentemente, os pais não dispõem senão de poucos recursos, incorrendo em uma despesa que mal se podem permitir, mas tudo precisam fazer para se aplicar a esse ramo artificial de educação. Esse procedimento não é sábio. Uma criança nervosa não devia ser sobrecarregada em qualquer direção, e não devia aprender música antes de estar bem desenvolvida fisicamente. CP 145 3 A mãe deve ser a mestra, e o lar a escola em que toda criança receba suas primeiras lições; e estas lições devem incluir hábitos de atividade. Mães, permiti que as crianças brinquem ao ar livre, escutem o canto dos pássaros, e aprendam o amor de Deus segundo se acha expresso nas belas obras que criou. Ensinai-lhes singelas lições do livro da natureza e das coisas que as rodeiam; e, à medida que a mente se lhes desenvolve, podem ser acrescentadas lições dos livros, sendo firmemente fixadas na memória. Aprendam elas, porém, mesmo nos mais tenros anos, a ser úteis. Exercitai-as em pensar que, como membros da família, devem desempenhar parte desinteressada e prestimosa em partilhar dos encargos domésticos, e buscar exercício saudável no cumprimento dos deveres necessários do lar. CP 146 1 É essencial que os pais procurem ocupação útil para as crianças, o que importa em assumir responsabilidades em harmonia com a idade e as forças. Convém dar-se às crianças alguma coisa a fazer que, não somente as mantenha ocupadas, mas as interesse também. O cérebro e mãos ativos precisam estar empregados desde os mais tenros anos. Caso os pais negligenciem encaminhar as energias dos filhos para direção útil, causam-lhes grande prejuízo; pois Satanás estará pronto a encontrar algo para elas fazerem. ... A Cooperação do Professor e dos Pais CP 146 2 Quando a criança está em idade própria para ser mandada à escola, o professor deve cooperar com os pais, e a educação manual deve continuar como parte dos estudos escolares. Há muitos estudantes que fazem objeções a essa espécie de trabalho nas escolas. Acham que uma proveitosa ocupação, como aprender um ofício, é degradante; esses têm incorreta noção do que constitua a verdadeira dignidade. ... O Exemplo de Cristo CP 147 1 Em Sua vida terrestre, Cristo foi exemplo a toda a família humana. Era obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro, e trabalhava com as próprias mãos na oficinazinha de Nazaré. ... Diz a Bíblia referindo-se a Jesus: "E o Menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele" (Lc 2:40). Enquanto Ele trabalhava, na infância e mocidade, Sua mente e corpo iam se desenvolvendo. Não gastava negligentemente as energias físicas, mas procurava conservá-las sãs, para que fizesse, em todos os sentidos, o melhor trabalho. ... CP 147 2 Deve-se despertar nas crianças e jovens a ambição de fazer exercício por meio de alguma coisa que seja de benefício a si mesmos e proveitosa a outros. O exercício que promove o desenvolvimento da mente e do caráter, que ensina as mãos a serem úteis e prepara os jovens para assumir sua parte nos encargos da vida, é o que dá força física e vivifica todas as faculdades. E há recompensa na atividade virtuosa, no cultivo do hábito de viver para fazer o bem. CP 147 3 Os filhos dos ricos não deviam ser privados da grande bênção de ter alguma coisa a fazer que lhes promova o vigor do cérebro e dos músculos. O trabalho não é maldição, mas bênção. Deus confiou aos inocentes Adão e Eva um belo jardim para cuidar. Era uma aprazível ocupação, e nenhum trabalho que não fosse agradável teria entrado em nosso mundo, não houvesse o primeiro par transgredido os mandamentos de Deus. ... Os afortunados não devem ser privados do privilégio e benefício de ter um lugar entre os obreiros do mundo. Cumpre-lhes compreender que são responsáveis pelo emprego que fazem dos bens a eles confiados; que suas energias, o tempo e o dinheiro, devem ser sabiamente empregados, e não para fins egoístas. ... CP 148 1 Com certeza, a aprovação de Deus repousa com amável confiança sobre as crianças e jovens que desempenham alegremente sua parte nos deveres da família, partilhando as responsabilidades do pai e da mãe. Serão recompensados com saúde do corpo e paz de espírito; e fruirão o prazer de ver os pais tomarem parte nos entretenimentos sociais e nas saudáveis recreações, prolongando assim a existência. Os filhos exercitados para os deveres práticos da vida sairão de casa para ser membros úteis da sociedade, com educação muito superior à que se adquire confinado em uma sala de aulas em tenra idade, quando a mente e o corpo não estão suficientemente fortes para resistir à tensão. CP 148 2 No lar e na escola, por preceito e por exemplo, as crianças sejam ensinadas a ser verdadeiras, desinteressadas, trabalhadoras. Não se lhes deve permitir passar o tempo ociosamente; não devem ficar de braços cruzados, em inatividade. Os pais e os mestres precisam trabalhar para a realização desse objetivo - o desenvolvimento de todas as faculdades, e a formação de um caráter reto. Quando, porém, os pais compreendem as responsabilidades que lhes cabem, muito menos trabalho restará ao professor. CP 148 3 O Céu se interessa nessa obra em favor dos jovens. Os pais e os professores que, por meio de sábias instruções, dadas com calma e decisão, habituam as crianças a pensar nos outros e a cuidar deles, as ajudarão a vencer o egoísmo, e cerrarão a porta a muitas tentações. Anjos de Deus cooperarão com esses fiéis instrutores. Os anjos não são incumbidos de fazer, eles próprios, esse trabalho; comunicarão, no entanto, força e eficiência aos que, no temor de Deus, procuram exercitar os jovens para uma vida útil. CP 149 1 Nossas escolas são o instrumento especial do Senhor para habilitar as crianças e os jovens para a obra missionária. Os pais devem compreender sua responsabilidade, e ajudar os filhos a apreciarem os grandes privilégios e bênçãos que Deus para eles proveu nas vantagens da educação. CP 149 2 Sua educação doméstica, porém, precisa manter-se a par com a educação que recebem no sentido missionário. Na infância e juventude, o preparo prático e literário deve ser combinado. As crianças devem ser ensinadas a ter parte nos deveres domésticos. Ser ensinadas quanto à maneira de ajudar ao pai e à mãe nas pequeninas coisas que lhes é possível fazer. A mente deve ser exercitada em pensar, a memória em lembrar a tarefa que lhes foi designada; e na formação de hábitos de utilidade no lar, estão sendo educadas a cumprir deveres práticos apropriados à sua idade. CP 149 3 Caso tenham as crianças a devida educação no lar, não serão vistas pelas ruas, recebendo ensinos ao acaso, como acontece com muitas. Os pais que amam os filhos de maneira cuidadosa, não lhes permitem crescer com hábitos de preguiça ou ignorantes quanto à maneira de cumprir os deveres domésticos. A ignorância não é aceitável a Deus, e é desfavorável à realização de Sua obra. ------------------------Capítulo 18 -- Cooperação Entre o Lar e a Escola CP 150 1 É na escola do lar que nossos meninos e meninas se preparam para freqüentar a escola da igreja. Os pais devem ter isso constantemente em vista e, como professores no lar, consagrar a Deus todas as faculdades de seu ser, para que possam cumprir sua elevada e santa missão. A instrução diligente e fiel no lar, é o melhor preparo que as crianças podem receber para a escola da vida. Os pais sábios auxiliarão seus filhos a compreender que na escola da vida, como no lar, devem esforçar-se por agradar a Deus, a fim de Lhe serem uma honra. CP 150 2 Para que protejam seus filhos das influências corruptoras, devem os pais instruí-los nos princípios da pureza. As crianças que formam hábitos de obediência e domínio próprio no lar, terão pouca dificuldade na vida escolar e escaparão de muitas tentações que assediam os jovens. Devem os pais ensinar seus filhos a serem fiéis a Deus sob todas as circunstâncias e em todos os lugares, cercando-os de influências que tendam a fortalecer o caráter. Com tal disciplina, as crianças, quando mandadas à escola, não serão causa de perturbação ou ansiedade. Serão um apoio aos professores, e exemplo e animação aos colegas. O que o Professor Deve Ser CP 150 3 Na escolha de um professor para as crianças deve-se exercer grande cuidado. Professores de escolas de igreja devem ser homens e mulheres que tenham uma humilde apreciação de si mesmos e que não estejam cheios de vã opinião a respeito de si próprios. Devem ser fiéis obreiros, possuídos do verdadeiro espírito missionário, obreiros que tenham aprendido a depositar em Deus sua confiança e a trabalhar em Seu nome. Devem possuir os atributos do caráter de Cristo - paciência, bondade, misericórdia e amor; e devem introduzir na experiência diária a justiça e paz do Salvador. Então, exercendo no trabalho uma influência que é qual perfume, darão prova do que a graça pode fazer mediante agentes humanos que confiam em Deus. CP 151 1 Que cada escola estabelecida pela igreja seja regida com tal ordem que Cristo possa honrar a sala de aulas com Sua presença. O Mestre não aceitará nenhum serviço mesquinho e inferior. Sejam aprendizes os professores, aplicando toda a sua mente à tarefa de aprender como efetuar um serviço eficiente. Devem sempre ter paixão pelas almas - não que eles mesmos possam salvar almas, mas sim porque, como a mão auxiliadora de Deus, têm o privilégio de ganhar para Cristo seus discípulos. CP 151 2 Professores, não haja insensatez em vossas conversações. Nas escolas cuja regência empreendeis, ponde um exemplo conveniente perante as crianças, apresentando-as cada manhã a Deus em oração. Então buscai a cada hora força da parte dEle, e crede que Ele vos está auxiliando. Fazendo isso, ganhareis a afeição das crianças. Não é tão árduo trabalho dirigir as crianças, graças a Deus. Temos um Auxiliador, que é infinitamente mais forte do que nós. Oh! sinto-me tão grata de que não temos de depender de nós mesmos, mas da força do alto! CP 152 1 Se vossa vida está escondida com Cristo em Deus, um Auxiliador divino estará ao vosso lado, e sereis um com o Salvador, e um com aqueles a quem estais ensinando. Nunca exalteis o eu; exaltai a Cristo, glorificai-O; honrai-O perante o mundo. Dizei: Acho-me sob a bandeira manchada de sangue do Príncipe Emanuel. Estou inteiramente do lado do Senhor. Mostrai simpatia e ternura no trato com vossos discípulos. Revelai o amor de Deus. Sejam bondosas e animadoras as palavras que falais. Então, à medida que trabalhais em prol de vossos estudantes, que transformação se operará no caráter dos que não foram devidamente ensinados em casa! O Senhor pode fazer mesmo de jovens professores instrumentos pelos quais revele Sua graça, se eles se Lhe consagrarem. A Obediência Exigida CP 152 2 Deve o professor demonstrar em tudo o que faz o fiel respeito de si mesmo. Não consinta em si um temperamento precipitado. Não deve punir asperamente as crianças que estejam necessitadas de uma reforma. Deve compreender que o eu precisa ser conservado em sujeição. Nunca se esqueça de que acima dele há um Mestre divino, de quem é discípulo, e sob cuja direção deve sempre achar-se. Humilhando o professor diante de Deus o coração, este abrandar-se-á e se fará submisso ante o pensamento de suas próprias deficiências. Compreenderá algo do sentido destas palavras: "A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou no corpo da Sua carne, pela morte, para, perante Ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis" (Cl 1:21, 22). CP 153 1 Algumas vezes há na escola um elemento desordeiro que torna o trabalho muito difícil. Crianças que não receberam uma educação devida perturbam muito, e por sua perversidade entristecem o coração do professor. Mas não fique ele desanimado. Provas e provações trazem experiências. Se as crianças são desobedientes e rebeldes, há tanto mais necessidade de esforço persistente. O fato de que há crianças com tal caráter é uma das razões por que se devem estabelecer escolas. As crianças que os pais negligenciaram educar e disciplinar devem ser salvas, sendo possível. CP 153 2 Tanto na escola como no lar, deve haver sábia disciplina. Deve o professor organizar regras para dirigir a conduta de seus alunos. Tais regras devem ser poucas e bem consideradas, e uma vez feitas, ponham-se em execução. Todo princípio nelas envolvido deve de tal maneira ser posto perante o estudante que ele se convença da justiça desse princípio. Assim sentirá a responsabilidade de fazer com que sejam obedecidas as regras que ele próprio auxiliou a organizar. O Apoio dos Pais CP 153 3 Não se deve deixar o professor suportar sozinho o encargo de seu trabalho. Ele necessita da simpatia, da bondade, da cooperação e do amor de todo membro da igreja. Animem os pais o professor, mostrando que apreciam os seus esforços. Nunca devem dizer ou fazer algo que encoraje a insubordinação a seus filhos. Sei, entretanto, que muitos pais não cooperam com o professor. Não alimentam no lar a boa influência exercida na escola. Em vez de praticar no lar os princípios de obediência ensinados na escola, consentem que seus filhos façam conforme lhes apraz, que vão para aqui ou para acolá sem nenhuma restrição. E, se o professor exerce autoridade ao exigir obediência, as crianças levam aos pais um relato exagerado e falsificado quanto ao modo por que foram tratadas. Pode o professor ter feito apenas aquilo que era de seu doloroso dever efetuar; mas os pais simpatizam com seus filhos, mesmo que estes não tenham razão. E muitas vezes os mesmos pais que governam com ira, mostram-se os mais desarrazoados quando seus filhos são restringidos e disciplinados na escola. CP 154 1 Há membros de igreja que têm sido apressados em fazer más suposições e falar desdenhosamente do professor perante outros membros, e mesmo na presença das crianças. Alguns têm falado livre e amargamente com relação a um professor, sem compreender bem a dificuldade de que falam. Isto não deve ser assim. Aquele que julga ter o professor feito mal, deve seguir as instruções dadas na Palavra: "Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só" (Mt 18:15). Antes que isso tenha sido feito, ninguém é justificado quanto a falar aos outros acerca dos erros de um irmão. CP 154 2 Pais, quando o professor da escola de igreja procura instruir e disciplinar vossos filhos de tal maneira que possam alcançar a vida eterna, não critiqueis na presença deles suas ações, mesmo que penseis ser ele demasiadamente severo. Se desejais que vossos filhos dêem seu coração ao Salvador, cooperai com os esforços do professor para a salvação deles. Quanto melhor é às crianças, em vez de ouvirem críticas, escutarem dos lábios de sua mãe palavras de elogio com relação ao trabalho do professor! Tais palavras produzem duradouras impressões, e influem nas crianças para que respeitem o professor. CP 155 1 Não devemos preocupar-nos tanto com a conduta que outros estão seguindo, como no que respeita à nossa conduta. Se as crianças que freqüentam nossa escola não melhoram em suas maneiras, não censurem os pais indevidamente o professor. Pelo contrário, examinem minuciosamente a si mesmos para ver se são instrutores que Deus possa aprovar. Em muitos casos, as crianças são grandemente negligenciadas no lar, e são mais desordenadas ali do que na escola. Se as crianças que durante anos foram abandonadas a suas próprias inclinações e desejos, não são levadas pelos esforços do professor a viverem vida cristã, deverão os pais por causa disso fazer circular destruidoras críticas com relação ao professor? CP 155 2 O método divino de governo é um exemplo de como as crianças devem ser disciplinadas. Não há opressão no serviço do Senhor, e não deve haver opressão no lar nem na escola. Contudo, pais e professores não devem permitir que o desrespeito a sua palavra fique sem nenhuma observação. Se negligenciarem a correção a seus filhos por fazerem estes o mal, Deus os responsabilizará por sua negligência. Sejam, porém, eles sóbrios em censurar. Que a bondade seja a lei do lar e da escola. Ensinem-se as crianças a observar a lei do Senhor, e restrinja-as do mal uma disciplina firme e amorável. CP 155 3 Lembrem-se os pais de que muito mais se realizará pela obra da escola de igreja, se eles próprios se compenetrarem das vantagens que seus filhos obterão em tal escola, e unirem-se de todo o coração ao professor. Pela oração, paciência e compaixão, podem os pais desfazer muitos dos males causados pela impaciência e imprudente condescendência. Empreendam pais e professores a obra juntamente, lembrando-se os primeiros de que serão auxiliados pela presença em seu meio de um professor ardoroso e temente a Deus. CP 156 1 Pais, fazei todo o esforço ao vosso alcance a fim de colocar vossos filhos na situação mais favorável para formarem o caráter que Deus deseja eles formem. Fazei uso de todo tendão e músculo espiritual no esforço de salvar vosso pequeno rebanho. As potestades do inferno se unirão para a sua destruição, mas Deus vos levantará um estandarte contra o inimigo. Orai muito mais do que o fazeis. Amável e ternamente, ensinai vossos filhos a ir a Deus como a seu Pai celestial. Pelo vosso exemplo ensinai-lhes a ter domínio próprio e a ser prestativos. Ensinai-lhes que Cristo não viveu para comprazer-Se a Si mesmo. CP 156 2 Recolhei os raios de luz divina que estão a resplandecer em vosso caminho. Andai na luz assim como Cristo está na luz. Ao lançardes mão da obra de auxiliar vossos filhos a servir a Deus, sobrevirão as provações mais irritantes; mas não percais vosso apoio; apegai-vos a Jesus. Ele diz: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo" (Is 27:5). Surgirão dificuldades e obstáculos; mas olhai constantemente a Jesus. Quando se apresentar uma emergência difícil, perguntai: Senhor, que farei? Se não vos derdes a acabrunhamentos e reprimendas, o Senhor vos mostrará o caminho. Ele vos ajudará a usar o talento da fala de maneira tão cristã que a paz e o amor reinarão no lar. Seguindo um procedimento coerente podeis ser evangelistas no lar, ministros da graça a vossos filhos. Compreensão e Simpatia CP 157 1 O trabalho escolar um lugar em que foi estabelecida uma escola de igreja nunca deve ser abandonado a menos que Deus claramente mostre que isso deve ser feito. Influências adversas podem parecer conspirar contra a escola, mas com o auxílio de Deus pode o professor fazer uma obra grandiosa, salvadora, modificando o estado de coisas. Se ele trabalha paciente, fervorosa e perseverantemente, segundo as normas de Cristo, a obra de reforma feita na escola pode estender-se aos lares das crianças, levando-lhes uma atmosfera mais pura e celestial. Isso é na verdade trabalho missionário da mais elevada ordem. CP 157 2 Se os pais desempenharem fielmente sua parte, a obra do professor será grandemente aliviada. Aumentarão sua esperança e ânimo. Os pais cujo coração está cheio do amor de Cristo se negarão a criticar, e tudo farão ao seu alcance para animar e ajudar aquele que escolheram como professor de seus filhos. Estarão dispostos a crer que ele é precisamente tão consciencioso no trabalho dele como eles no seu. CP 157 3 Os professores no lar e os professores na escola devem ter entre si uma compreensão cheia de simpatia para com o trabalho mútuo. Devem trabalhar juntos, com harmonia, movidos do mesmo espírito missionário. Juntos devem se esforçar por beneficiar as crianças, física, mental e espiritualmente, e para desenvolverem caráter que resista à prova da tentação. ------------------------Capítulo 19 -- As Escolas do Lar CP 158 1 À medida que avançarmos no estabelecimento de escolas de igreja, encontraremos uma obra a fazer-se em prol das crianças nos lugares em que se julgou não se poder manter uma escola. Tanto quanto possível, todos os nossos filhos devem ter o privilégio de uma educação cristã. A fim de provê-la, devemos algumas vezes estabelecer escolas no lar. Bom seria se várias famílias da vizinhança se unissem para empregar um professor humilde, temente a Deus, a fim de dar aos pais o auxílio que é necessário na educação dos filhos. Isso será uma grande bênção a muitos grupos isolados de observadores do sábado, e um plano mais agradável ao Senhor do que aquele que algumas vezes tem sido seguido, de mandar de casa tenras crianças, a freqüentar uma de nossas escolas maiores. CP 158 2 Nossos pequenos grupos de observadores do sábado são necessários para manter a luz diante de seus vizinhos, e precisam das crianças em seus lares, onde, terminadas as horas de estudo, podem ser um auxílio a seus pais. O lar cristão bem organizado, onde as tenras crianças podem ter aquela disciplina paternal que é segundo a determinação do Senhor, é para elas o melhor lugar. CP 158 3 Os primeiros anos da infância são de pesada responsabilidade para os pais e mães. Os pais têm um dever sagrado a cumprir, ensinando os filhos a auxiliar nos encargos do lar, a estar contentes com alimentos singelos e simples, e vestuário limpo e pouco dispendioso. As exigências dos pais sempre devem ser razoáveis; manifestem bondade, não em tola condescendência, mas em uma sabia direção. Ensinem os pais aos filhos com satisfação, sem ralhar nem criticar, procurando unir o coração dos pequenos a eles pelos sedosos laços do amor. Sejam todos, pais e mães, professores, irmãos e irmãs mais velhos, uma força educativa para fortalecer todos os interesses espirituais, e trazer ao lar e à vida escolar uma atmosfera sadia, que auxilie as crianças mais novas a crescer na doutrina e admoestação do Senhor. O Estudo Bíblico no Lar CP 159 1 Nossos filhos são propriedade do Senhor; foram comprados por preço. Este pensamento deve ser a mola mestra de nossos esforços em prol deles. O método mais bem-sucedido de conseguir sua salvação, e de conservá-los fora do caminho da tentação, é instruí-los constantemente na Palavra de Deus. E, tornando-se os pais aprendizes com seus filhos, será mais rápido seu próprio crescimento na graça e no conhecimento da verdade. Desaparecerá a incredulidade, a fé e a atividade aumentarão, a certeza e a confiança se aprofundarão ao prosseguirem eles assim no conhecimento do Senhor. Suas orações sofrerão uma transformação, tornando-se mais fervorosas e sinceras. Cristo é a cabeça de Sua igreja, é Aquele de quem depende infalivelmente o Seu povo; Ele dará a necessária graça aos que O buscam para obter sabedoria e instrução. CP 159 2 Deus quer que consideremos essas coisas em sua sagrada importância. É privilégio de irmãos, irmãs e pais cooperarem, ensinando as crianças a adquirir a alegria da vida de Cristo e a seguir Seu exemplo. Aos filhos mais velhos nessas famílias isoladas, direi: Não é necessário que todos abandonem as responsabilidades domésticas para freqüentar nossos internatos, a fim de obter a habilitação para o serviço. Lembrai-vos de que precisamente no lar existe uma obra a fazer pelo Mestre. Há no lar os filhos mais novos a ser instruídos, aliviando desta sorte os encargos da mãe. CP 160 1 Tenham em vista os membros mais velhos da família que essa parte da vinha do Senhor necessita ser fielmente cultivada, e decidam aplicar suas melhores capacidades no sentido de tornar atraente o lar, e tratar com paciência e sabedoria os filhos mais novos. Há em nossos lares pessoas jovens a quem o Senhor habilitou a dar a outrem o conhecimento que adquiriram. Esforcem-se elas por conservar vivas na mente as lições espirituais. E, ao ensinarem, podem também estudar. Assim podem ser aprendizes enquanto ensinam. Novas idéias lhes virão, e as horas de estudo serão de real prazer assim como de proveito. Fatores Missionários CP 160 2 Falo aos pais e às mães: Podeis ser educadores em vossos lares; podeis ser fatores missionários espirituais. Sintam os pais e mães a necessidade de ser missionários do lar, a necessidade de conservar a atmosfera do lar livre da influência da linguagem má e precipitada, a necessidade de tornar o lar um lugar em que os anjos de Deus possam entrar, abençoando-o e proporcionando êxito aos esforços empregados. CP 160 3 Reunidos procurem os pais prover um lugar para a instrução diária de seus filhos, escolhendo para professor alguém que seja apto a ensinar, e que, como consagrado servo de Cristo, cresça em conhecimento enquanto transmite instrução. O professor que consagra o eu ao serviço de Deus, será capaz de efetuar uma obra definida no serviço missionário, e instruirá as crianças nos mesmos ramos. CP 161 1 Cooperem os pais e mães com o professor, trabalhando ardorosamente pela salvação de seus filhos. Se os pais se compenetrarem da importância desses pequenos centros de educação, cooperando no sentido de fazer a obra que o Senhor deseja ver feita no tempo atual, os planos do inimigo quanto a nossos filhos serão em grande parte frustrados. CP 161 2 "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele" (Pv 22:6). As crianças são às vezes tentadas a enfadar-se com as restrições; contudo, mais tarde bendirão seus pais pelo fiel cuidado e vigilância estrita que os guardaram e guiaram nos anos de inexperiência. CP 161 3 Pela crítica precipitada e infundada, a influência do fiel e abnegado professor é muitas vezes quase destruída. Muitos pais cujos filhos foram prejudicados pela condescendência, deixam ao professor a desagradável tarefa de reparar a sua negligência; e então pela sua própria maneira de proceder tornam essa tarefa quase desesperadora. Sua crítica e censura à direção da escola incentivam os filhos à insubordinação e os confirmam nos maus hábitos. CP 161 4 Se a crítica ou sugestões com respeito ao trabalho do professor se tornam necessárias, devem ser feitas em particular. Se isso não produzir efeito, que o fato seja referido aos responsáveis pela direção da escola. Não se deve dizer ou fazer coisa alguma que diminua o respeito das crianças para com aquele de quem, em tão grande parte, depende o bem-estar delas. CP 162 1 Os pais devem sempre conservar em mente o objetivo a ser alcançado: a perfeição do caráter de seus filhos. Os pais que educam os filhos corretamente, tirando-lhes da vida toda característica viciosa, estão habilitando-os a se fazerem missionários de Cristo, em verdade, justiça e santidade. Aquele que em sua infância presta serviço a Deus, acrescentando à "fé a virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a paciência, e à paciência, a piedade, e à piedade, o amor fraternal, e ao amor fraternal, a caridade" (2Pe 1:5-7), está se habilitando a ouvir e responder ao chamado: "Filho, sobe mais; entra na escola mais elevada." CP 162 2 Pensais que não aprenderemos alguma coisa ali? Não temos a menor idéia do que então se nos revelará. Com Cristo andaremos ao lado das águas vivas. Ele nos patenteará a beleza e glória da natureza. Revelará o que Ele é para nós, e o que nós somos para Ele. Verdades que hoje não podemos conhecer, em virtude de nossas limitações finitas, ali conheceremos. CP 162 3 Nem a escola de igreja, tampouco a escola superior, proporcionam, como o faz o lar, as oportunidades de firmar o edifício do caráter de uma criança sobre o fundamento apropriado. ------------------------Capítulo 20 -- Nossa Responsabilidade CP 165 1 Nada é de maior importância do que a educação de nossas crianças e jovens. A igreja deve despertar e manifestar profundo interesse nesta obra; pois hoje, como nunca antes, Satanás e seu exército estão decididos a alistar os jovens sob a bandeira negra que leva à ruína e à morte. CP 165 2 Deus indicou a igreja como vigia, a fim de ter um atento cuidado dos jovens e crianças, e, como sentinela, ver que o inimigo se aproxima e dar o aviso de perigo. A igreja, porém, não se compenetra da situação. Ela dorme enquanto está de guarda. Nesse tempo de perigo, pais e mães devem despertar e trabalhar como se da própria vida se tratasse, ou, de outra maneira, muitos dos jovens estarão para sempre perdidos. CP 165 3 Ao mesmo tempo em que devemos empregar esforços ardorosos em favor das massas que nos rodeiam, e promover a obra nos campos estrangeiros, nenhuma porção de trabalho neste sentido pode desculpar-nos da negligência pela educação de nossas crianças e jovens. Devem ser preparados para ser obreiros de Deus. Tanto os pais como os professores devem, por preceito e exemplo, incutir de tal maneira os princípios da verdade e honestidade no espírito e coração dos jovens, que estes se tornem homens e mulheres firmes como o aço, para com Deus e Sua causa. CP 166 1 Os pais e professores não avaliam a grandeza da obra a eles dada na educação dos jovens. A experiência dos filhos de Israel foi-nos escrita, a nós, "para quem já são chegados os fins dos séculos" (1Co 10:11). Como no tempo deles, hoje também o Senhor quer que os filhos sejam ajuntados das escolas em que prevalecem influências mundanas, e sejam postos em nossas próprias escolas, onde se faz da Palavra de Deus o fundamento da educação. CP 166 2 Se há tempo em que devamos trabalhar com ardor, é hoje. O inimigo está atacando de todos os lados, semelhante a uma inundação. Unicamente o poder de Deus pode salvar nossos filhos de serem varridos pela maré do mal. A responsabilidade que repousa sobre os pais, professores e membros da igreja, de fazerem sua parte em cooperação com Deus, é tão grande que não pode ser expressa por palavras. CP 166 3 Preparar os jovens para se tornarem fiéis soldados do Senhor Jesus Cristo é a obra mais nobre que já foi dada ao homem. Unicamente homens e mulheres devotados e consagrados, que amam as crianças e podem nelas ver almas a serem salvas para o Mestre, devem ser escolhidos como professores de nossas escolas. Professores que estudam a Palavra de Deus como deve ser estudada saberão algo do valor das almas sob o seu cuidado, e deles receberão as crianças uma verdadeira educação cristã. CP 166 4 Nas cenas finais da história deste mundo, muitas destas crianças e jovens encherão de admiração o povo pelo seu testemunho em favor da verdade, o qual será dado de modo simples, no entanto com espírito e poder. Foi-lhes ensinado o temor do Senhor, e o coração se lhes abrandou por um estudo da Bíblia cuidadoso e acompanhado de oração. No próximo futuro, muitas crianças serão revestidas do Espírito Santo, e farão na proclamação da verdade ao mundo uma obra que, naquela ocasião, não pode bem ser feita pelos membros mais idosos das igrejas. CP 167 1 O Senhor deseja usar a escola como auxílio aos pais, na educação e preparo dos filhos para esse tempo que está diante de nós. Portanto, lance a igreja mão da obra escolar, de maneira fervorosa, e dela faça o que o Senhor deseja que ela seja. CP 167 2 Não podemos separar a disciplina espiritual da intelectual. Bem podem os pais temer o engrandecimento intelectual de seus filhos, a não ser que este esteja contrabalançado por um conhecimento de Deus e de Seus caminhos. Esse conhecimento está na base de todo verdadeiro saber. Em lugar da rivalidade profana em busca de honras terrestres, seja a mais elevada aspiração de nossos estudantes saírem de sua vida escolar como missionários para o serviço de Deus, como educadores que ensinem o que aprenderam. Os estudantes que deixam a escola com esse propósito levarão a Cristo não somente homens e mulheres, mas crianças e jovens. Levarão a efeito no mundo uma obra a que todas as potestades do mal não farão oposição. CP 167 3 Professores, despertai às vossas responsabilidades, aos vossos privilégios. Bem podeis perguntar: Quem é idôneo para estas coisas? "A Minha graça te basta" (2Co 12:9) é a afirmação do grande Mestre. Se O deixais fora, de lado, não procurando o Seu auxílio, sem esperança, na verdade, é a vossa tarefa. Podeis, porém, em Sua sabedoria e força, triunfar nobremente. ------------------------Capítulo 21 -- Uma Obra em Favor dos Nossos Filhos CP 168 1 Têm-me sido indicadas as igrejas que estão espalhadas em diversas localidades, sendo-me revelado que a força dessas igrejas depende de seu crescimento em utilidade e eficiência. ... Em todas as nossas igrejas deve haver escolas, e nessas escolas professores que sejam missionários. É essencial que sejam preparados professores para bem desempenharem sua parte na importante obra de educar os filhos dos observadores do sábado, não somente nas ciências, mas nas Escrituras. Tais escolas, estabelecidas em localidades várias, e regidas por homens e mulheres tementes a Deus, conforme o exigir o caso, devem fundamentar-se nos mesmos princípios em que se baseavam as escolas dos profetas. CP 168 2 Cumpre dispensar-se cuidado especial à educação da juventude. As crianças devem ser educadas para serem missionárias; devem ser auxiliadas a compreenderem distintamente o que devem fazer para se salvar. Poucas têm nos ramos religiosos a instrução que é essencial. Se os próprios instrutores têm experiência religiosa, poderão comunicar a seus estudantes o conhecimento que receberam do amor de Deus. Estas lições apenas podem ser dadas por aqueles que por sua vez são verdadeiramente convertidos. Tal é o mais nobre trabalho missionário que qualquer homem ou mulher possa empreender. CP 168 3 Quando ainda bem jovens, devem os filhos ser ensinados a ler, a escrever e compreender algarismos, de maneira que mantenham sua própria contabilidade. Podem progredir, avançando passo a passo nesse conhecimento. Mas antes de tudo o mais, devem ser ensinados que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Devem ser instruídos em mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Mas o único objetivo do professor deve ser educar as crianças no sentido de conhecerem a Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou. CP 169 1 Ensinai à juventude que o pecado, sob qualquer forma, é definido nas Escrituras como "transgressão da lei". I João 3:4. ... Ensinai-lhes em linguagem simples que eles devem ser obedientes aos pais, e dar o coração a Deus. Jesus Cristo espera o momento de abençoá-los e aceitá-los, se tão-somente a Ele forem e Lhe pedirem que lhes perdoe todas as transgressões, e tire os pecados. E, pedindo-Lhe eles que perdoe todas as suas transgressões, devem crer que Ele o faz. CP 169 2 Deus quer que toda criança de tenra idade seja Seu filho, adotado em Sua família. Ainda que de pouca idade, os jovens podem ser membros da família da fé, e ter uma experiência preciosíssima. Podem ter coração terno e pronto a receber impressões que sejam duradouras. Podem dilatar o coração na confiança e amor a Jesus, e viver para o Salvador. Cristo fará deles pequenos missionários. Todo o curso de seu pensamento pode ser mudado, de modo que o pecado não se mostre como coisa que deva ser fruída, antes evitada e odiada. CP 169 3 As criancinhas, bem como os que são de maior idade, tirarão benefício dessa instrução; e, simplificando assim o plano da salvação, os professores receberão tão grandes bênçãos como aqueles que são ensinados. O Espírito Santo de Deus gravará as lições no espírito maleável das crianças, a fim de que possam apreender as idéias da verdade bíblica em sua simplicidade. E o Senhor proporcionará a essas crianças uma experiência nos ramos missionários; Ele lhes sugerirá cursos de pensamentos que mesmo os professores não têm. As crianças que são convenientemente instruídas serão testemunhas da verdade. CP 170 1 Professores que são nervosos e facilmente se irritam não devem ser postos a dirigir a juventude. Devem amar as crianças porque são os membros mais novos da família do Senhor. O Senhor perguntará deles, assim como dos pais: "Onde está o rebanho que te foi confiado, o teu lindo rebanho?" (Jr 13:20). ... CP 170 2 Educando as crianças e jovens, não devem os professores consentir que uma palavra ou gesto apaixonado manche seu trabalho, pois assim fazendo imbuem os estudantes do mesmo espírito que possuem. O Senhor quer que nossas escolas de igreja, assim como as que se destinam a estudantes de mais idade, sejam de caráter tal que os anjos de Deus possam andar pela sala, e ver, na ordem e princípios de governo, a ordem e governo do Céu. Isso é julgado impossível por muitos; mas toda escola deve assim começar e trabalhar com muito ardor a fim de conservar o espírito de Cristo no temperamento, nas conversações e na instrução. Os professores devem ser condutos de luz dos quais o Senhor possa fazer uso como Seus agentes, a fim de refletirem a semelhança do caráter de Cristo. Os estudantes podem saber que, como instrutores tementes a Deus, têm eles nos professores auxiliares para, a cada hora, gravar no coração das crianças as valiosas lições dadas. CP 171 1 O Senhor trabalha com todo professor consagrado; e é do interesse do próprio professor compreender isso. Os instrutores que estão sob a disciplina de Deus, recebem graça, verdade e luz pelo Espírito Santo, para comunicar às crianças. Estão sob a direção do maior Mestre que o mundo já conheceu, e quão impróprio lhes seria ter espírito descortês, voz áspera, cheia de irritação! Com isso perpetuariam nas crianças seus próprios defeitos. CP 171 2 Oxalá tivéssemos uma visão clara do que poderíamos fazer, se quiséssemos aprender de Jesus! Os mananciais de paz e alegria celestial, descerrados na alma do professor pelas palavras mágicas da inspiração, tornar-se-ão um poderoso rio de influências para abençoar todos os que entram em contato com ele. CP 171 3 Não penseis que a Bíblia se tornará para as crianças um livro enfadonho. Sob a direção de um instrutor prudente, a Palavra se tornará cada vez mais desejável. Ser-lhes-á como o pão da vida, e nunca envelhecerá. Nela há um frescor e beleza que atraem e encantam as crianças e os jovens. É como o Sol a resplandecer na Terra, dando seu brilho e calor, e nunca se esgotando, entretanto. Por meio de lições tiradas da história e doutrinas da Bíblia, as crianças e os jovens podem aprender que todos os outros livros são inferiores a este. Podem ali encontrar uma fonte de misericórdia e amor. CP 171 4 O Espírito de Deus, santo e educador, está em Sua Palavra. Uma luz, nova e preciosa, resplandece de cada página. A verdade é revelada, palavras e frases se tornam claras e apropriadas para a ocasião, como a voz de Deus falando ao coração. CP 172 1 Necessitamos reconhecer o Espírito Santo como nosso iluminador. Aquele Espírito gosta de dirigir-Se às crianças, e desvendar-lhes os tesouros e belezas da Palavra. As promessas proferidas pelo grande Mestre cativarão os sentidos e animarão a alma da criança com uma força espiritual que é divina. Desenvolver-se-á na mente receptiva uma familiaridade com as coisas divinas, que será como um baluarte contra as tentações do inimigo. CP 172 2 É importante a obra dos professores. Devem eles fazer da Palavra de Deus a sua meditação. Deus Se comunicará com a alma pelo Seu Espírito. Enquanto estudais, orai: "Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei" (Sl 119:18). Quando o professor confiar em Deus, e orar, o Espírito de Cristo virá sobre ele, e por meio dele Deus atuará, pelo Seu Espírito Santo, na mente do estudante. O Espírito Santo enche a mente e o coração de esperança, coragem e de pensamentos da Bíblia, que serão comunicados ao estudante. As palavras de verdade crescerão em importância, assumindo uma extensão e plenitude de sentido, em que ele jamais sonhou. A beleza e virtude da Palavra de Deus têm influência transformadora sobre o espírito e o caráter; as centelhas do amor divino cairão na alma das crianças como uma inspiração. Podemos levar a Cristo centenas e milhares de crianças se trabalharmos por elas. Special Testimony to the Battle Creek Church, em 15 de dezembro de 1897. ------------------------Capítulo 22 -- A Obra das Escolas de Igreja CP 173 1 A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades tornaram-se como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que freqüentam as escolas públicas associam-se muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação de rua. O coração dos pequenos é facilmente impressionado; e a menos que seu ambiente seja da devida espécie, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se dêem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e a alma de seus pequenos é corrompida. ... Escolas de Igreja São Necessárias CP 173 2 Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática e bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários, há constante tentação a cair em inatividade espiritual. CP 174 1 Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que os induza a se tornarem missionários. ... Escolas de Igreja e seus Professores CP 174 2 O caráter da obra feita em nossas escolas deve ser da mais alta ordem. Jesus Cristo, o Restaurador, é o único remédio para uma educação errônea, e as lições ensinadas em Sua Palavra devem ser sempre mantidas diante da juventude pela maneira mais atrativa. A disciplina escolar deve apoiar a educação doméstica, e manter-se, tanto em casa como na escola, a simplicidade e a piedade. Serão encontrados homens e mulheres que têm talento para trabalhar nessas pequenas escolas, mas que o não fariam com vantagem nas escolas maiores. Ao praticarem as lições bíblicas, receberão eles próprios uma educação do mais alto valor. CP 174 3 Ao escolher professores, usemos a máxima cautela, sabendo ser uma questão tão solene como a escolha de pessoas para o ministério. Essa escolha deve ser feita por homens sábios e aptos a discernirem o caráter. Pois para educar e moldar o espírito dos jovens e desempenharem-se com êxito das muitas atividades que deverão ser desenvolvidas pelo professor de nossas escolas de igreja, necessitam-se os melhores talentos que se possam conseguir. Não se deve pôr à testa dessas escolas qualquer pessoa de uma disposição de espírito inferior ou estreita. Não se ponham as crianças a cargo de jovens e inexperientes professores, destituídos de aptidões para dirigir, pois seus esforços tenderiam para a desorganização. A ordem é a primeira lei do Céu e toda escola deve, a esse respeito, ser um modelo do Céu. CP 175 1 Confiar as crianças a professores orgulhosos e destituídos de amor, é mau. Um professor assim fará grande dano aos que estão em rápido desenvolvimento de caráter. Se os professores não forem submissos a Deus, se não tiverem amor pelas crianças que têm a seu cargo, ou se mostrarem parcialidade pelos que lhes agradam à fantasia e manifestarem indiferença pelos menos atrativos ou os que são desassossegados e nervosos, não devem ser empregados; pois o resultado de sua obra será perda de almas para Cristo. CP 175 2 Necessitam-se e em especial para as crianças, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. Jesus amava as crianças. ... Tratava-as sempre com bondade e respeito, e os mestres devem-Lhe seguir o exemplo. Devem ter o verdadeiro espírito missionário, pois as crianças precisam ser preparadas para se tornarem missionárias. CP 175 3 Nossas escolas necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sãos na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. ... Resultados da Obra da Escola de Igreja CP 176 1 Quando devidamente dirigidas, as escolas de igreja serão o meio de erguer o estandarte da verdade nos lugares em que funcionam; pois as crianças que receberem educação cristã, serão testemunhas de Cristo. Como Jesus, no templo, desvendou os mistérios que os sacerdotes e os príncipes não haviam podido penetrar, assim na história final da Terra, crianças que foram devidamente educadas hão de, em sua simplicidade, proferir palavras que surpreenderão os que agora falam em "educação superior". CP 176 2 Como as crianças cantavam "Hosana!" no pátio do templo, e "Bendito o que vem em nome do Senhor!" (Mc 11:9), assim nestes últimos dias as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. Quando os seres celestes virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados. CP 176 3 Nossas escolas de igreja são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para essa grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e, com seus jotas e tis, ajudar a levá-la avante. Suas contribuições poderão ser pequenas, mas todo pouco ajuda, e mediante seus esforços muitas almas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus, e Sua salvação a todas as nações. Preocupe-se, pois, a igreja com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. Testimonies, v. 6, p. 193-203. CP 177 1 O sistema de avaliação é, por vezes, um entrave ao real progresso do aluno. Alguns são tardos, a princípio, e o seu professor precisa de grande paciência. Podem, todavia, depois de pouco tempo, aprender tão rapidamente, que surpreenda o professor. Outros talvez pareçam muito inteligentes, mas o tempo virá demonstrar que desabrocharam demasiado rápido. Não é sábio o sistema de limitar rigidamente as crianças a notas. CP 177 2 A importância dos requisitos físicos do professor não pode ser acentuada com demasia; pois quanto mais perfeita for a saúde, tanto mais perfeito será o trabalho. A mente não pode pensar com clareza e ser vigorosa no agir, quando as faculdades físicas sofrem em resultado de fraqueza ou doença. O coração é impressionado por meio da mente. Mas se devido à incapacidade física a mente perde o vigor, a comunicação com os mais elevados sentimentos e impulsos fica, proporcionalmente, impedida, e o professor é menos apto a discernir entre o direito e o errado. Quando se sofrem os resultados da má saúde, não é tarefa fácil ser paciente e animado, ou agir com integridade e justiça. ------------------------Capítulo 23 -- Cristo Como Exemplo e Mestre de Jovens CP 178 1 O exemplo de Jesus é uma luz para os jovens, do mesmo modo que é para os de idade mais amadurecida; pois a infância e a juventude, que Ele viveu, são um tipo representativo. Desde Sua mais tenra idade, era perfeito o Seu exemplo. Como criancinha, foi obediente aos pais bem como às leis da natureza; "e a graça de Deus estava sobre Ele" (Lc 2:40). CP 178 2 Jesus não dedicava, como tantos jovens, o tempo a diversões. Estudava a Palavra até familiarizar-se com seus textos. Mesmo na infância, Sua vida e todos os hábitos estavam em harmonia com as Escrituras, e era hábil no manejo das mesmas. ... Além da palavra escrita, Jesus estudava o livro da natureza, deleitando-Se nas belas coisas de Sua criação. Tomava terno interesse em todas as várias alegrias e sofrimentos da humanidade. Identificava-Se com todos - com o fraco e desamparado, com o humilde e necessitado e com o aflito. CP 178 3 Em Seus ensinos, tirava Cristo ilustrações do grande tesouro dos laços e afeições de família, bem como da natureza. O desconhecido era ilustrado pelo conhecido; sagradas e divinas verdades, pelas coisas naturais e terrestres, com as quais o povo se achava mais familiarizado. Essas eram as coisas que lhes falariam ao coração, e mais profunda impressão lhes produziriam no espírito. CP 178 4 As palavras de Cristo deram aos ensinos da natureza um novo aspecto, tornando-os nova revelação. Era-Lhe possível falar daquilo que Suas próprias mãos haviam feito; pois essas coisas possuíam qualidades e propriedade que Lhe eram peculiares. Em a natureza, como nas sagradas páginas das Escrituras do Antigo Testamento, acham-se reveladas divinas e importantes verdades; e em Seus ensinos, Jesus desnudou-as perante o povo, adornadas com a beleza das coisas naturais. ... CP 179 1 Interpretadas por Jesus, a flor e o arbusto, a semente semeada e a semente colhida, encerravam lições de verdade, do mesmo modo que a planta a brotar da terra as continha. Ele apanhava o belo lírio e o colocava nas mãos das crianças e dos jovens; e enquanto eles Lhe contemplavam o rosto juvenil, iluminado com a luz do semblante de Seu Pai, ensinava-lhes a lição: "Olhai para os lírios do campo, como eles crescem [na simplicidade da beleza e graça naturais]; não trabalham nem fiam. E Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles." Em seguida, veio a segura promessa: "Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" (Mt 6:28-30). ... CP 179 2 Em Sua obra como ensinador público, Cristo nunca perdeu de vista as crianças. Quando cansado com o burburinho e a confusão da populosa cidade, fatigado do contato com homens astuciosos e hipócritas, o espírito foi-Lhe serenado e encontrou descanso no convívio de inocentes criancinhas. Sua presença jamais as intimidava. Seu grande coração de amor compreendia-lhes as provações e necessidades, e encontrava satisfação em suas singelas alegrias; tomava-as nos braços, e abençoava-as. CP 180 1 Nessas crianças trazidas a Ele, via Jesus os homens e mulheres de amanhã, os quais deviam ser herdeiros de Sua graça e súditos do Seu reino. Alguns deles se tornariam mártires por amor dEle. Sabia que essas crianças haviam de escutá-Lo e aceitá-Lo como Redentor, muito mais prontamente do que os adultos, muitos dos quais eram sábios segundo o mundo, e tinham endurecido o coração. Em Seu ensino, descia ao nível dos pequeninos. Ele, a Majestade do Céu, não desdenhava responder a suas perguntas, simplificando Suas importantes lições a fim de atingir-lhes o infantil entendimento. Semeava nessas mentes em expansão as sementes da verdade, as quais, em anos posteriores, viriam a brotar e produzir frutos para a vida eterna. CP 180 2 Pais e mestres, Jesus ainda está a dizer: "Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a Mim" (Mt 19:14). São eles os mais suscetíveis aos ensinos do Cristianismo; têm o coração aberto a influências de piedade e virtude, bem como forte para reter as impressões recebidas. Special Testimonies on Education, p. 62-66. CP 180 3 Desenvolver a mente e o coração dos jovens, não lhes prejudicando o crescimento por indevido controle de uma mente sobre outra, exige tato e entendimento. Necessitam-se professores capazes de lidar sabiamente com os diferentes aspectos do caráter; prontos a ver e aproveitar ao máximo as oportunidades de fazer o bem; que sejam dotados de entusiasmo, aptos para ensinar e para inspirar pensamentos, avivar energias e comunicar ânimo. ------------------------Capítulo 24 -- A Lição Bíblica CP 181 1 Dentre tudo que os homens já escreveram, onde se poderá achar algo que de tal maneira se apodere do coração, algo tão bem adaptado a despertar o interesse dos pequeninos, como nas histórias da Bíblia? Nestas singelas histórias, podem-se explanar os grandes princípios da lei de Deus. Assim, mediante as ilustrações mais bem adaptadas à compreensão da criança, pais e professores podem começar muito cedo a cumprir a expressa ordem do Senhor, concernente aos Seus preceitos: "E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te" (Dt 6:7). CP 181 2 O uso de lições objetivas, quadros-negros e mapas será um auxílio na explicação dessas lições, e para fixá-las na memória. Pais e professores devem constantemente procurar métodos aperfeiçoados. Ao ensino da Bíblia devemos dedicar nosso mais vivo pensamento, nossos melhores métodos e mais ardoroso esforço. CP 181 3 A fim de realizar um estudo eficiente, deve ser despertado o interesse da criança. Essa é uma questão que se não deve perder de vista, especialmente para aquele que tem de tratar com crianças e jovens que diferem grandemente pela índole, disciplina e hábitos de pensar. Ensinando a Bíblia às crianças, muito podemos ganhar observando o pendor de sua mente, as coisas em que se acham interessadas, e despertando-lhes o interesse para que vejam o que a Bíblia diz a respeito dessas coisas. Aquele que nos criou com nossas várias aptidões deu em Sua Palavra algo para cada um. Ao verem os alunos que as lições da Bíblia se aplicam à sua vida, ensinai-os a olhá-la como um conselheiro. CP 182 1 Auxiliai-os também a apreciar sua maravilhosa beleza. Muitos livros de nenhum valor, livros que são excitantes e prejudiciais, são recomendados, ou ao menos se permite seu uso, pela razão de seu suposto valor literário. Por que haveríamos de levar nossos filhos a beber dessas torrentes poluídas, quando podem ter livre acesso às fontes puras da Palavra de Deus? A Bíblia tem inesgotável plenitude, força e profundidade de sentido. Encorajai as crianças e jovens a buscar seus tesouros, tanto em relação aos pensamentos como às expressões nela contidos. CP 182 2 Quando deles for atraída a mente pela beleza dessas coisas preciosas, seu coração será tocado por um poder que abranda, subjuga. Serão conduzidos Àquele que assim Se revelou a eles. E poucos há que não desejem conhecer mais acerca de Suas obras e caminhos. A Vitória da Fé CP 182 3 Há muito a ser aprendido pelas crianças e jovens com referência a uma piedade infantil. "Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé." I João 5:4. Esta fé não deve ser levada a acolher sentimentos supersticiosos, fictícios. Exclui, de vosso ensino tais idéias, e dai às crianças e jovens a mesma espécie de instrução que Cristo deu - lições de fé em um explícito "Assim diz o Senhor". CP 182 4 A obra de vencer o mal deve ser feita mediante a fé. Os que entram no campo de batalha acharão que devem cingir toda a armadura de Deus. O escudo da fé será sua defesa, habilitando-os a ser mais que vencedores. Coisa alguma servirá, a não ser isto: fé no Senhor dos exércitos, e obediência às Suas ordens. Vastos exércitos, providos de quaisquer outros recursos, de nada servirão no último grande conflito. Sem fé, um exército de anjos não poderia ser auxílio. Somente a fé viva torná-los-á invencíveis, e os habilitará a estar em pé no dia mau, firmes e imóveis, conservando inalterável até ao fim o princípio de sua confiança. CP 183 1 Rapazes ou moças que não dão provas de que a verdade começou sua obra santificadora em seu coração fracassarão na tentativa de ensinar em alguma escola de igreja. Ninguém deve escolher o lugar mais cômodo, e procurar compreender apenas aquilo que lhe compraz na Palavra de Deus, obedecendo às coisas que se harmonizam com seus desejos, e escusando-se de aceitar aquilo que vem de encontro à sua inclinação, ou que exija renúncia e o levar a cruz. Especialmente devem os professores das crianças e jovens fazer a aprendizagem do caminho da obediência. A verdadeira fé assim pergunta ao Senhor: "Que queres que faça?" (At 9:6) e, quando o caminho é indicado pelo Mestre, a fé se acha pronta a fazer Sua vontade, sejam quais forem as dificuldades ou sacrifícios. CP 183 2 Professores, estudai a simplicidade das Escrituras, de modo que possais aprender a tornar claras suas verdades às mentes juvenis. Vosso ardoroso desejo do bem presente e eterno das crianças sob vossos cuidados deve freqüentemente levar-vos sobre os joelhos, à busca de conselho dAquele que é muito sábio para que erre, muito bom para que vos abandone na incapacidade de vossa própria sabedoria. CP 183 3 A instrução bíblica deve impor-se pela vida santa do professor. Professores tementes a Deus porão em prática todo princípio que procurarem gravar na mente das crianças. Tais professores não vêem seu Pai celestial exceto pelos olhos da fé; mas dEle aprenderam; lêem o Seu amor nas situações mais penosas. Não julgam seu Criador pelo que lhes toca por sorte; são participantes de Sua natureza divina. Podem confiar nAquele que não poupou a Seu unigênito Filho, sabendo que com Ele dará todas as coisas para seu bem espiritual e eterno. CP 184 1 Se o professor aprendeu suas lições de Jesus Cristo e aprendeu com o desígnio de introduzir essas lições plenamente na própria vida, pode então ensinar com êxito. Os que aprendem dia a dia do grande Mestre, terão preciosíssimo tesouro de onde tirar coisas novas e velhas. CP 184 2 Desejaria dizer aos professores de escolas de igreja: Certificai-vos de que sois regidos pelo Espírito Santo. Revelai em vossa vida a influência transformadora da verdade. Fazei o máximo por melhorar as próprias aptidões a fim de vos ser possível ensinar vossos alunos a fazer progressos. CP 184 3 Assim que vossa mente se harmonize com a mente de Deus, sereis postos em contato com uma Inteligência que vos comunicará lições de inestimável auxílio em vosso trabalho de ensino. Ao contardes às crianças a história da cruz, a própria alma se vos elevará acima das sombras e do acabrunhamento. Ao considerar o infinito sacrifício do Redentor, perdereis todo o desejo das coisas deste mundo. ------------------------Capítulo 25 -- Lições da Natureza CP 185 1 Ao mesmo tempo em que a Bíblia deve ter o primeiro lugar na educação das crianças e jovens, o livro da natureza ocupa o lugar imediato em importância. As obras criadas de Deus testificam de Seu amor e poder. Ele trouxe à existência o mundo, juntamente com tudo que nele se contém. Deus ama o belo; e, no mundo que Ele nos aparelhou, não somente nos deu tudo que é necessário para nosso conforto, como também encheu de beleza os céus e a Terra. Vemos o Seu amor e cuidado nos ricos campos de outono, e Seu sorriso no festivo raio do Sol. Sua mão fez os rochedos semelhantes a castelos, e as montanhas altaneiras. As sobranceiras árvores crescem à Sua ordem. Ele estende sobre a terra o aveludado tapete de verdura, e pontilha-o de botões e flores. CP 185 2 Por que revestiu Ele a terra e as árvores de um verde vivo em vez de o fazer com uma cor negra, sombria? Não é para que possam ser mais agradáveis à vista? E não se encherá nossa alma de gratidão ao lermos as provas de Sua sabedoria e amor nas maravilhas de Sua criação? CP 185 3 A mesma energia criadora que trouxe o mundo à existência, exerce-se ainda na manutenção do Universo e continuação das operações da natureza. A mão de Deus guia os planetas em sua marcha ordenada através dos céus. Não é por causa de uma força inerente que a Terra, ano após ano, continua seu movimento ao redor do Sol, e produz suas bênçãos. A Palavra de Deus governa os elementos. Ele cobre os céus de nuvens, e prepara a chuva para a Terra. Torna frutíferos os vales, e "faz produzir erva sobre os montes" (Sl 147:8). É pelo Seu poder que a vegetação floresce, que as folhas aparecem e desabrocham as flores. CP 186 1 Todo o mundo natural destina-se a ser um intérprete das coisas de Deus. Para Adão e Eva, em seu lar edênico, a natureza estava repleta do conhecimento de Deus, cheia de instrução divina. Para seus ouvidos atentos ela como que ecoava a voz da sabedoria. A sabedoria falava aos olhos, e era recebida no coração; pois eles entretinham comunhão com Deus por meio de Suas obras criadas. Logo que o santo par transgrediu a lei do Altíssimo, o brilho da face de Deus apartou-se da face da natureza. A natureza está hoje arruinada e contaminada pelo pecado. As lições objetivas de Deus, porém, não estão obliteradas. Mesmo hoje, devidamente estudada e interpretada, ela fala de seu Criador. ... CP 186 2 A maneira mais eficaz de instruir os gentios que não conhecem a Deus é mediante Suas obras. Deste modo, muito mais facilmente do que por qualquer outro método, podem ser levados a compreender a diferença entre seus ídolos, obras de suas próprias mãos, e o verdadeiro Deus, Criador do céu e da Terra. ... Há, nestas lições diretas da natureza, uma simplicidade e pureza que as tornam do mais elevado valor a outros também e não só aos gentios. As crianças e jovens, todas as classes de estudantes, necessitam das lições que procedem dessa fonte. Em si mesma a beleza da natureza afasta a alma do pecado e das atrações mundanas, e a leva à pureza, à paz, e a Deus. CP 186 3 Por essa razão, o cultivo do terreno é bom trabalho para as crianças e os jovens. Leva-os ao contato direto com a natureza e com o Deus da natureza. E, para que possam ter essa vantagem, deve haver, tanto quanto possível, em conexão com nossas escolas, grandes jardins e vastas terras para cultura. CP 187 1 A educação em tal ambiente está de acordo com as indicações que Deus deu para a instrução da juventude; mas acha-se em contraste direto com os métodos empregados na maioria das escolas. ... A mente dos jovens tem estado ocupada com livros de ciência e filosofia, em que os espinhos do ceticismo têm estado apenas parcialmente ocultos. Também está ocupada com histórias vãs e fantasiosas de fadas; ou com as obras de autores que, embora escrevam sobre assuntos bíblicos, entretecem nos mesmos suas fantasiosas interpretações. O ensino de tais livros é como semente lançada no coração. Cresce e dá fruto, e é recolhida uma abundante ceifa de incredulidade. O resultado vê-se na depravação da família humana. CP 187 2 A volta aos métodos mais simples será apreciada pelas crianças e jovens. O trabalho na horta e no campo será uma mudança agradável na rotina tediosa das lições abstratas a que nunca deveriam circunscrever-se as mentes juvenis. À criança nervosa, ou ao jovem nervoso, que acha cansativo e difícil lembrar as lições do livro, será isso especialmente valioso. Há para esses saúde e felicidade no estudo da natureza; e as impressões produzidas não se lhes dissiparão da mente, pois estarão associadas com os objetivos que se acham continuamente diante de seus olhos. CP 187 3 No mundo natural, Deus colocou nas mãos dos filhos dos homens a chave para abrir a tesouraria de Sua Palavra. O invisível é ilustrado pelo visível. A sabedoria divina, a eterna verdade e a graça infinita são compreendidas pelas coisas que Deus fez. Fiquem pois as crianças e os jovens familiarizados com a natureza, e com as leis da natureza. Desenvolva-se a mente até a sua mais alta capacidade, e as faculdades físicas sejam adestradas para os deveres práticos da vida. Seja também ensinado a eles, porém, que Deus fez lindo este mundo porque Ele Se deleita com a nossa felicidade; e que um lar mais belo está sendo preparado para nós, naquele mundo onde não mais haverá pecado. A Palavra de Deus declara: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam" (1Co 2:9). CP 188 1 As criancinhas devem especialmente vir em contato íntimo com a natureza. Em vez de se porem sobre elas os grilhões da moda, estejam elas livres como os cordeiros para que brinquem à suave e amena luz solar. Sejam mostrados a eles os arbustos e flores, a relva rasteira e as altaneiras árvores; e familiarizem-se com suas lindas, variadas e delicadas formas. Ensinai-as a ver a sabedoria e amor de Deus em Suas obras criadas; e, expandindo-se-lhes o coração com alegria e grato amor, unam-se elas aos pássaros em seus cânticos de louvor. CP 188 2 Educai as crianças e jovens a considerar as obras do Artista por excelência, e imitar as graças atrativas da natureza na edificação de seu caráter. Introduzam elas na vida a beleza da santidade, à medida que o amor de Deus conquistar o seu coração. Assim farão uso de suas capacidades a fim de abençoarem a outrem e honrarem a Deus. Special Testimonies on Education, p. 58-62. CP 188 3 A natureza está repleta de lições do amor de Deus. Devidamente compreendidas, essas lições nos conduzem ao Criador. Da natureza apontam para o Deus da natureza, ensinando aquelas verdades simples e santas que purificam a mente, e a levam em íntimo contato com Deus. CP 189 1 O grande Mestre Se vale da natureza para refletir a luz que inunda a entrada do Céu a fim de que homens e mulheres possam ser levados a obedecer à Sua Palavra. E a natureza cumpre o mandado do Criador. Ao coração abrandado pela graça de Deus, o Sol, a Lua, as estrelas, as altaneiras árvores e as flores do campo proferem suas palavras de conselho e admoestação. O ato de lançar a semente ao solo leva a mente à semeadura espiritual. A árvore como que está a declarar que uma boa árvore não pode produzir maus frutos, tampouco pode uma árvore má produzir bons frutos. "Por seus frutos os conhecereis" (Mt 7:16). Mesmo o joio tem uma lição a ensinar. Ele é a semeadura de Satanás e, se não for impedido, prejudicará o trigo, pelo seu exuberante desenvolvimento. CP 189 2 Quando o homem se reconcilia com Deus, as coisas da natureza falam-lhe em palavras de sabedoria celestial, dando testemunho da verdade eterna da Palavra de Deus. Ao dizer-nos Cristo o sentido das coisas da natureza, a ciência da verdadeira religião se manifesta, explicando a relação da lei de Deus para com o mundo natural e espiritual. CP 189 3 A andorinha e o grou observam as mudanças das estações. Emigram de um país a outro para encontrar um clima apropriado à sua comodidade e felicidade, conforme designou o Senhor que fizessem. São obedientes às leis que governam sua vida. No entanto, os seres formados à imagem de Deus deixam de O honrar pela obediência às leis da natureza. Desrespeitando as leis que governam o organismo humano, inabilitam-se para servir a Deus. Ele lhes envia advertências para que se apercebam de que violam Sua lei, por violarem as leis da vida. O hábito, porém, é forte, e eles não darão atenção. Os dias se enchem de dor corporal e inquietação de espírito porque estão decididos a seguir hábitos e costumes errados. Não raciocinam da causa para o efeito, e sacrificam a saúde, paz e felicidade à sua ignorância e egoísmo. CP 190 1 O sábio se dirige ao indolente, nestas palavras: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento" (Pv 6:6-8). A habitação que as formigas constroem para si revela habilidade e perseverança. Tão-somente um pequenino grão de cada vez podem elas carregar, mas pela diligência e perseverança realizam maravilhas. CP 190 2 Salomão indica a operosidade da formiga como uma censura aos que desperdiçam suas horas na ociosidade, ou em práticas que corrompem a alma e o corpo. A formiga se prepara para as estações futuras; mas muitos que são dotados das faculdades do raciocínio deixam de se preparar para a futura vida imortal. CP 190 3 O Sol, a Lua, as estrelas, as sólidas rochas, o rio que flui e o vasto e inquieto oceano ensinam lições que todos bem fariam em levar a sério. ------------------------Capítulo 26 -- Sob a Disciplina de Cristo CP 191 1 Todo professor que tem de lidar com a educação de jovens estudantes deve lembrar-se de que as crianças são afetadas pela atmosfera que rodeia o mestre, quer seja aprazível quer desagradável. Se o professor está ligado com Deus, se Cristo habita seu coração, o espírito por ele nutrido se fará sentir às crianças. Se o professor entra na sala de aulas com espírito agitado, irritado, a atmosfera que lhe rodeia a alma deixará também sua impressão. CP 191 2 Os mestres que trabalham nessa parte da vinha do Senhor precisam ser senhores de si mesmos, de modo a dominar o temperamento e os sentimentos, mantendo-os sujeitos ao Espírito Santo. Devem dar provas de possuir, não uma experiência unilateral, mas espírito bem equilibrado, caráter simétrico. Aprendendo dia a dia na escola de Cristo, esses mestres podem educar sabiamente as crianças e os jovens. Cultivando-se e dominando-se, sob a disciplina de Cristo, entretendo viva ligação com o grande Mestre, terão conhecimento inteligente da religião prática; e, conservando a própria alma no amor de Deus, saberão exercer a graça da paciência e da suavidade cristã. Compreenderão que lhes cabe importantíssimo campo a cultivar na vinha do Senhor. Erguerão a Deus o coração na sincera súplica: "Senhor, sê Tu o meu modelo"; e então, olhando a Cristo, executarão Sua obra. CP 191 3 Mente bem equilibrada e caráter simétrico são exigidos dos professores em todos os sentidos. O ensino não deve ser entregue nas mãos de rapazes e moças que não sabem lidar com a mente humana, que jamais aprenderam a sujeitar-se à disciplina de Jesus Cristo e a levar-Lhe em cativeiro até os próprios pensamentos. Tampouco sabem do controlador poder da graça sobre o próprio coração e caráter, que muito têm a desaprender, devendo aprender lições inteiramente novas na experiência cristã. CP 192 1 Há nas crianças e jovens toda espécie de caráter a tratar, e eles têm mente impressionável. Muitas das crianças que cursam nossas escolas não receberam em casa a devida educação. Algumas foram deixadas à vontade para fazer o que lhes aprazia; outras foram criticadas e desanimadas. Bem pouco de agrado e animação lhes foram mostrados; poucas foram as palavras de aprovação a elas dirigidas. Elas herdaram o caráter imperfeito dos pais, e a disciplina doméstica não foi de nenhuma eficácia na formação do caráter correto. Pôr como professores, dessas crianças e jovens, rapazes e moças que não desenvolveram profundo e fervoroso amor para com Deus e as almas por quem Cristo morreu, é cometer um erro que poderá ter como conseqüência a perda de muitas almas. Os que se impacientam e se irritam facilmente, não devem ser educadores. CP 192 2 Os professores devem lembrar-se de que não estão lidando com homens e mulheres, mas com crianças que tudo têm a aprender. E é muito mais difícil o aprender para umas do que para outras. O aluno tardo de inteligência deve receber muito mais animação do que tem recebido. Se se colocam sobre esses variados espíritos professores amantes de ordenar, ditar, engrandecer a própria autoridade, que tratam com parcialidade, tendo favoritos a quem manifestam preferência, enquanto a outros tratam com rigor e severidade, o resultado será perturbação e insubordinação. Os mestres não favorecidos com uma agradável e equilibrada disposição poderão ser encarregados de crianças, mas grande dano se faz com isso àqueles que são por eles educados. CP 193 1 Talvez o professor tenha suficiente educação e conhecimento nas ciências para ensinar. Verificou-se, porém, possuir tato e sabedoria para lidar com mentes humanas? Se os instrutores não têm o amor de Cristo no coração não estão habilitados a assumir as sérias responsabilidades que recaem sobre os que educam a juventude. Carecendo eles próprios da mais elevada educação, ignoram como lidar com a mente humana. Seu coração insubordinado luta pelo controle; e sujeitar a mente e o caráter maleável das crianças a tal disciplina é deixar nessa mente cicatrizes e ferimentos que permanecerão indeléveis. CP 193 2 Indagai, professores, vós que fazeis obra não somente para o tempo mas para a eternidade: Sou eu constrangido pelo amor de Deus, enquanto lido com as almas por quem Ele deu a vida? Sob Sua disciplina, apagam-se acaso velhos traços de caráter, em desarmonia com a vontade de Deus, tomando seu lugar qualidades a eles opostas? Ou estou eu, por minhas palavras profanas, minha impaciência, minha falta de sabedoria do alto confirmando esses jovens em seu espírito perverso? CP 193 3 Quando um professor manifesta impaciência ou irritabilidade para com uma criança, talvez a falta da parte da criança não seja metade da que cabe ao professor. Os mestres cansam-se do trabalho, e algumas coisas que as crianças dizem ou fazem lhes desagrada. Em tais ocasiões, por falta de exercer tato e sabedoria, hão de deixar o espírito de Satanás se introduzir, induzindo-os a suscitar nas crianças sementes desagradáveis? O professor que ama a Jesus, e que aprecia o poder salvador de Sua graça, não pode e não ousa permitir a Satanás controlar-lhe o espírito. Será afastado tudo quanto lhe arruinaria a influência, pois isso opõe-se à vontade de Deus, e põe em risco a vida das preciosas ovelhas e cordeiros. CP 194 1 Quando Cristo, a esperança da glória, está formado no interior, a verdade de Deus atuará por tal forma no temperamento natural que sua influência regeneradora se manifestará em caráter transformado. Não haveis então de, revelando coração e temperamento não santificados, tornar a verdade de Deus em mentira perante qualquer de vossos alunos. Nem haveis de, manifestando um espírito egoísta, diverso do de Cristo, dar a impressão de que a graça de Cristo não vos é suficiente em todo tempo e lugar. Mostrareis que a autoridade de Deus sobre vós não existe só em nome, mas em realidade e verdade. CP 194 2 Que todo professor que aceita a responsabilidade de ensinar crianças e jovens examine-se a si mesmo. Indague de si para si: Tomou a verdade de Deus posse de minha alma? Acaso a sabedoria de Jesus Cristo, que é, "primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia", deu entrada em meu caráter? Nutro eu o princípio de que "o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz"? Tg 3:17, 18. CP 195 1 Professores, Jesus Se encontra em vossa escola todos os dias. Seu grande coração de infinito amor é atraído, não somente para as crianças mais bem comportadas, que vivem nos mais favoráveis ambientes, mas para aquelas que receberam por herança objetáveis traços de caráter. Os próprios pais não têm compreendido quanto são responsáveis pelas qualidades desenvolvidas nos filhos, não tendo sabedoria e ternura para lidar com aqueles a quem fizeram o que são. Deixaram de buscar a origem da causa das desanimadoras manifestações que lhes servem de provação. Jesus, porém, contempla com piedade e amor essas crianças. Compreende; pois Ele raciocina da causa para o efeito. CP 195 2 Palavras ríspidas e a contínua censura confundem a criança, e não a reformam. Reprimi a palavra impertinente; mantende o próprio espírito na disciplina de Cristo. Aprendereis então a vos compadecer e ter simpatia para com os que se achem sob vossa influência. Não vos mostreis impacientes nem ásperos. Se essas crianças não precisassem educar-se, não estariam na escola. Elas devem ser paciente e bondosamente ajudadas ao subir a escada do progresso, degrau após degrau na obtenção de conhecimentos. Ponde-vos ao lado de Jesus. Possuindo-Lhe os atributos, sereis possuidor de vivas e ternas sensibilidades, e haveis de tornar vossa a causa dos errantes. CP 195 3 A vida religiosa de grande número de professores que professam ser cristãos é de molde a demonstrar que não o são. Estão continuamente representando mal a Cristo. Têm uma religião dependente das circunstâncias e por elas controlada. Se tudo caminha segundo o seu gosto, se não há irritantes circunstâncias a lhes provocarem a natureza insubmissa, diversa da de Cristo, são condescendentes, agradáveis, muito atrativos. A verdade, porém, não deve ser praticada apenas quando nos sentimos dispostos para isso, mas em todo tempo e lugar. O Senhor não é servido pelo impulso precipitado de um homem, ou por suas esporádicas manifestações. Se quando, na família ou no convívio com outros, acontecem coisas que lhes perturbam a paz e provocam o temperamento, os professores pusessem tudo diante de Deus, pedindo-Lhe graça antes de se empenharem no trabalho diário; se conhecessem por si mesmos que o amor, o poder e a graça de Deus se acham em seu coração, anjos de Deus os acompanhariam à sala de aulas. CP 196 1 Significa muito pôr as crianças sob a direta influência do Espírito de Deus, educá-las, discipliná-las e fazê-las crescer na doutrina e admoestação do Senhor. A formação de hábitos corretos, a comunicação de um reto espírito, demandarão sinceros esforços feitos no nome e na força de Jesus. CP 196 2 "Todo sumo sacerdote" pode "compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza" (Hb 5:1, 2). Esta verdade pode, em sua mais alta concepção, ser exemplificada diante das crianças. Conservem os professores isso em mente, ao serem tentados a impacientar-se e zangar-se com as crianças devido ao seu mau comportamento. Lembrem-se de que anjos de Deus os contemplam entristecidos. Se a criança erra e se comporta mal, é então tanto mais essencial que os que estão colocados para dirigi-las sejam capazes de ensinar-lhes, por preceito e exemplo, a maneira de proceder. CP 197 1 Em caso algum devem os professores perder o domínio de si mesmos, manifestar impaciência e aspereza, falta de simpatia e amor. Os que são naturalmente irritáveis, que se ofendem facilmente, e que nutriram o hábito de criticar e de suspeitar mal devem buscar outra espécie de trabalho, onde seus desagradáveis traços de caráter não se hajam de reproduzir nas crianças e jovens. Em vez de estar aptos a instruir as crianças, esses professores precisam de alguém que lhes ensine a eles as lições de Jesus Cristo. CP 197 2 Caso o amor de Cristo habite no coração do professor, qual suave fragrância - cheiro de vida para vida - ser-lhes-á possível ligar a si as crianças que se acham sob o seu cuidado. Mediante a graça de Cristo, poderá ser, nas mãos de Deus, instrumento para esclarecer, elevar, animar e ajudar na purificação do templo humano, da contaminação, até que o caráter seja transformado pela graça de Cristo, e a imagem de Deus se manifeste na vida. CP 197 3 Disse Cristo: Eu "Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados". João 17:19. Tal é a obra que cabe a todo mestre cristão. Não deve haver obra de acaso, nesse assunto; pois a educação das crianças requer muito da graça de Cristo, e a subjugação do próprio eu. O Céu vê na criança o homem ou a mulher por desenvolver, com aptidões e faculdades que, sendo devidamente orientadas e desenvolvidas, o tornarão, a ele ou a ela, alguém com quem os agentes divinos podem cooperar - um cooperador de Deus. Lição Prática CP 198 1 A parábola do bom pastor representa a responsabilidade de todo pastor e de todo cristão que aceitou o cargo de professor de crianças e jovens. Aquele que se desgarrou do rebanho não será procurado com duras palavras e um chicote, mas com atrativos convites a voltar. As noventa e nove que se não desgarraram não despertam o compassivo interesse e o terno e piedoso amor do pastor. Mas ele busca as ovelhas e cordeiros que mais ansiedade lhe causaram, e absorveram mais profundamente sua compaixão. Deixa o resto das ovelhas, concentrando todas as suas energias em encontrar a perdida. CP 198 2 Em seguida, o quadro - graças a Deus! - o pastor regressa com a ovelha nos braços, regozijando-se enquanto prossegue no caminho. "Alegrai-vos comigo", diz ele, "porque já achei a minha ovelha perdida" (Lc 15:6). Sinto-me tão grata que o quadro nos apresenta a ovelha encontrada! Não nos é apresentada à imaginação a cena de um contristado pastor voltando sem a ovelha. Esta é a lição que os subpastores têm a aprender - êxito no trazer de volta as ovelhas e os cordeiros ao redil. CP 198 3 A sabedoria de Deus, Seu poder e amor são sem paralelo. Eles são a divina garantia de que ninguém, mesmo das extraviadas ovelhas e cordeiros, é passado por alto; ninguém é deixado sem socorro. Uma cadeia de ouro - a misericórdia e a compaixão do poder divino - é passada em torno dessas almas periclitantes. Vasto Campo CP 198 4 Aos que são aceitos como professores em nossas escolas, abre-se vasto campo de trabalho e cultivo, para o semear da semente e a ceifa do grão amadurecido. O que poderia causar maior satisfação do que educar crianças e jovens no amor de Deus e na observância de Seus mandamentos? O que poderia produzir maior alegria do que ver essas crianças e jovens seguindo a Cristo, o grande Pastor? O que derramaria na alma do consagrado obreiro maior alegria do que saber que seu paciente e perseverante esforço em Cristo não foi em vão e ver seus alunos experimentando na alma a alegria dos pecados perdoados? O que seria melhor que vê-los recebendo as impressões do Espírito de Deus em verdadeira nobreza de caráter e na restauração da imagem moral de Deus, buscando aquela paz que provém do Príncipe da paz? A verdade é um grilhão? Sim, em um sentido; porquanto ela prende a alma em voluntário cativeiro ao Salvador, dobrando o coração à suavidade de Cristo. CP 199 1 Conquanto os retos princípios e os hábitos corretos sejam de primeira importância entre os requisitos do professor, é indispensável que seja possuidor de cabal conhecimento das matérias do ensino. Com a retidão de caráter, devem aliar-se elevadas aquisições literárias. CP 199 2 Se sois chamado a servir como professores, sois chamados a ser também discípulos. Se tomais sobre vós a sagrada responsabilidade de ensinar a outros, assumis o dever de vos tornardes senhor de toda matéria que vos propondes ensinar. Não fiqueis satisfeito com idéias apagadas, espírito indolente, ou frouxa memória. É nobre ensinar; bem-aventurada coisa é aprender. O verdadeiro conhecimento é um bem precioso, e quanto mais dele possui o professor, tanto melhor será o seu trabalho. CP 200 1 Ao enviar os filhos às escolas públicas, os pais os estão colocando sob desmoralizadoras influências - influências que prejudicam a moral e os hábitos. Em tal ambiente, as crianças recebem muitas vezes instruções que as preparam para serem inimigos de Cristo. Perdem de vista a piedade e a virtude. CP 200 2 Muitas escolas públicas se acham impregnadas da deletéria influência de meninos e meninas experientes no pecado. E as crianças que têm permissão de brincar na rua também estão recebendo uma educação que os negligentes pais hão de um dia reconhecer que conduz à indiferença a tudo e à ilegalidade. CP 200 3 Deus deu aos jovens e às crianças espírito indagador. Suas faculdades de raciocínio são-lhes confiadas como preciosos talentos. É dever dos pais ter diante de si, em sua verdadeira significação, esse assunto da educação dos filhos; pois ele abrange muitas facetas. Os filhos devem ser ensinados a aproveitar cada talento, esperando que todos sejam empregados no serviço de Cristo para o reerguimento da humanidade caída. CP 200 4 Muito do êxito de uma escola de igreja depende do professor escolhido. A pessoa colocada à testa de uma escola deve ter idade apropriada; e onde o número de alunos é suficientemente grande, devem-se escolher auxiliares dentre os de mais idade. Assim obterão os alunos valiosa experiência. ------------------------Capítulo 27 -- Escolas Intermediárias CP 203 1 As escolas intermediárias são de grande importância. Deve ser feito nessas escolas trabalho completo; pois muitos estudantes delas sairão diretamente para o grande campo da seara. Sairão para fazer uso daquilo que aprenderam, como colportores e como auxiliares nos vários ramos do trabalho evangelístico. Muitos obreiros, depois de trabalharem algum tempo no campo, sentirão a necessidade de mais estudo, e com a experiência ganha no campo estarão preparados para avaliar os privilégios da escola, e fazer rápido progresso. Alguns desejarão educação nos ramos elevados de estudos. Para esses foram estabelecidos nossos colégios. CP 203 2 A Palavra de Deus deve fazer parte do fundamento de todo o trabalho feito em nossas escolas intermediárias. E aos estudantes deve-se mostrar a verdadeira dignidade do trabalho. Deve-se ensinar-lhes que Deus é constante obreiro. Todo professor, de boa vontade, lance mão do trabalho juntamente com um grupo de estudantes, trabalhando com eles e ensinando-os a trabalhar. Fazendo isso, os professores adquirirão uma experiência valiosa. Seu coração se ligará ao dos estudantes, e isso abrirá caminho para o ensino bem-sucedido. CP 203 3 Um erro triste seria deixar de considerar de maneira completa o propósito para o qual cada uma de nossas escolas é estabelecida. Esse é um assunto que deve ser fielmente estudado pelos nossos homens de responsabilidade em cada União, a fim de que a juventude possa estar rodeada de circunstâncias as mais favoráveis para a formação de um caráter bastante forte para resistir aos males deste mundo. CP 204 1 Temos uma grande obra diante de nós, e há necessidade de muitos obreiros educados que se hajam habilitado para cargos de responsabilidade. Ao instruírem-se os jovens para o serviço na causa de Deus, a Bíblia deve estar na base de sua educação. Os princípios da verdade contidos na Palavra de Deus serão uma salvaguarda contra as más influências do mundo. CP 204 2 Os esforços para educar nossos filhos e jovens no temor do Senhor, sem dar lugar preeminente ao estudo da Palavra, são lamentavelmente mal orientados. A não ser que haja um ensino que leve ao reconhecimento do pecado e ódio ao mesmo, resultará a deformidade moral. Nossos filhos devem ser afastados das más influências das escolas públicas, e colocados onde professores completamente convertidos possam educá-los nas Escrituras Sagradas. Assim os estudantes serão ensinados a fazer da Palavra de Deus a grande regra de sua vida. CP 204 3 Perguntará alguém: "Como devem ser estabelecidas essas escolas?" Não somos um povo rico, mas, se orarmos com fé, e deixarmos o Senhor agir em nosso favor, Ele abrirá diante de nós o caminho para estabelecermos pequenas escolas nos lugares afastados, destinados à educação de nossos jovens, não somente nas Escrituras e estudos intelectuais, como também em muitos ramos do trabalho manual. CP 204 4 A necessidade de se estabelecerem tais escolas é imposta a mim mui insistentemente, por causa da cruel negligência por parte de muitos pais quanto a educarem devidamente seus filhos no lar. Muitos pais e mães têm parecido julgar que, se as rédeas do governo próprio fossem postas nas mãos de seus filhos, estes, rapazes ou moças, se desenvolveriam, tornando-se jovens úteis. O Senhor, porém, instruiu-me com relação a este assunto. Nas visões à noite, vi em pé ao lado desses filhos negligenciados aquele que foi lançado das cortes celestiais por ter originado o pecado. O inimigo das almas estava aguardando a oportunidade para ganhar domínio sobre a mente de cada filho cujos pais não deram instrução fiel com respeito aos ardis de Satanás. CP 205 1 Planejando acerca da educação dos filhos, fora do lar, devem os pais compenetrar-se de que não mais é coisa livre de perigo enviá-los às escolas públicas, e cumpre que se esforcem para os enviar às escolas onde obtenham educação baseada em fundamento bíblico. Sobre todo pai cristão repousa o dever solene de dar aos filhos uma educação que os leve a adquirir o conhecimento do Senhor, e a se tornarem participantes da natureza divina mediante a obediência à vontade e ao caminho do Senhor. O Trabalho da Escola de Fernando CP 205 2 Tem sido feita esta pergunta: "Que ensinaremos na escola de Fernando?" CP 205 3 Ensinai as coisas fundamentais. Ensinai aquilo que é prático. Não deveis fazer grande alarde perante o mundo, dizendo o que esperais fazer, como se estivésseis a planejar algo maravilhoso. Não, certamente. Não vos orgulheis nem dos ramos de estudos que esperais ensinar, nem dos trabalhos industriais que esperais fazer; mas dizei a todo que perguntar, que tencionais fazer o melhor que possais a fim de dar a vossos estudantes um preparo físico, mental e espiritual que os habilite a serem úteis nesta vida, e os prepare para a vida futura, imortal. CP 206 1 Que influência julgais teria o publicar nos anúncios da escola que vos esforçareis por proporcionar aos estudantes uma educação que os prepare para a vida futura imortal, visto que desejais vê-los viver através dos séculos sem fim da eternidade? Creio que essa declaração teria muito maior influência, sobre os irmãos e irmãs desta Associação, e sobre a comunidade em cujo meio se acha estabelecida a escola, do que a ostentação de alguns cursos de estudo de línguas antigas e modernas, e outros ramos mais elevados de estudo. CP 206 2 Recomende-se a escola por si mesma. Então os que a apóiam não ficarão decepcionados, e os estudantes não alegarão que lhes foi prometida instrução em certos estudos, que, depois de entrarem na escola, não lhes foi permitido empreender. CP 206 3 Compreenda-se desde o princípio que a Bíblia está na base de toda a educação. Um estudo ardoroso da Palavra de Deus, resultando na transformação do caráter e habilitação para o serviço, tornará a escola de Fernando uma força para o bem. Meus irmãos que estais ligados a essa escola, vossa força não está no número de línguas que possais ensinar, ou em dizer quão grande "colégio" tendes. Sede silenciosos a esse respeito. O silêncio com relação às grandes coisas que projetais fazer, vos auxiliará mais do que todos os argumentos positivos e todas as promessas que possais publicar em vossos anúncios. Pela fidelidade na escola deveis demonstrar que estais a trabalhar com princípios fundamentais, princípios que prepararão os estudantes para entrar pelas portas de pérola na cidade celestial. A salvação de pessoas é muito mais preciosa do que o mero preparo intelectual. Uma pretensiosa ostentação de saber humano, a manifestação do orgulho pela aparência pessoal, de nada valem. O Senhor dá valor à obediência à Sua vontade; pois que, unicamente andando humilde e obedientemente diante dEle, pode o homem glorificar a Deus. CP 207 1 Dando-nos o privilégio de estudar a Sua Palavra, o Senhor pôs diante de nós um lauto banquete. Muitos são os benefícios que se derivam de nos banquetearmos em Sua Palavra, que é representada por Ele como Sua carne e sangue, Seu Espírito e vida. Participando desta Palavra, é aumentada a nossa força espiritual; crescemos em graça e no conhecimento da verdade. Formam-se e se fortalecem hábitos de domínio próprio. Desaparecem as fraquezas da meninice: mau humor, voluntariosidade, egoísmo, palavras precipitadas, atos apaixonados, e em seu lugar se desenvolvem as graças da varonilidade e feminilidade cristãs. CP 207 2 Se vossos estudantes, além de estudarem a Palavra de Deus, nada mais aprendem senão a usar corretamente a língua materna, ao ler, escrever e falar, uma grande obra terá sido cumprida. Àqueles que são disciplinados para servirem na causa do Senhor, deve se ensinar a falar devidamente na conversação comum e perante congregações. A utilidade de muitos obreiros é prejudicada por sua ignorância com referência à respiração correta, e à fala clara, enérgica. Muitos não aprenderam a dar a ênfase devida às palavras que lêem ou falam. Freqüentemente a pronúncia não é clara. O exercício completo no uso da língua materna é de muito mais valor à juventude do que o estudo superficial de línguas estrangeiras, com negligência daquela língua. CP 208 1 Seja a escola regida de acordo com as normas das antigas escolas dos profetas, achando-se a Palavra de Deus no fundamento de toda a educação dada. Não tentem os estudantes apoderar-se dos degraus mais altos da escada em primeiro lugar. Há os que freqüentaram outras escolas, julgando que poderiam obter uma educação adiantada; mas de tal maneira intentaram alcançar os degraus mais altos da escada que não foram bastante humildes para aprenderem de Cristo. Houvessem eles posto os pés primeiramente nos degraus mais baixos, e teriam feito progresso, aprendendo mais e ainda mais do grande Mestre. CP 208 2 Os professores verão que é grandemente vantajoso lançar mão do trabalho manual, juntamente com os estudantes, de maneira desinteressada, mostrando-lhes como trabalhar. Cooperando com os jovens, desta maneira prática, os professores podem ligar o coração dos estudantes a si mesmos, pelos laços da simpatia e do amor fraternal. A bondade e a sociabilidade cristãs são poderosos fatores para se conquistarem as afeições dos jovens. CP 208 3 Professores, assumi o trabalho escolar com diligência e paciência. Compenetrai-vos de que vosso trabalho não é um trabalho comum. Estais a trabalhar para o tempo que passa e para a eternidade, modelando a mente de vossos estudantes para entrarem naquela escola mais elevada. Cada princípio reto, cada verdade aprendida em uma escola terrestre, far-nos-á mais adiantados, em medida correspondente, na escola celestial. Assim como Cristo andava e falava com Seus discípulos durante Seu ministério na Terra, semelhantemente Ele nos ensinará na escola celestial, levando-nos para junto do rio das águas vivas, e revelando-nos verdades que nesta vida devem permanecer como ocultos mistérios por causa das limitações da mente humana, tão arruinada pelo pecado! Na escola celestial teremos oportunidade de alcançar, passo a passo, as maiores elevações do saber. Como filhos do rei celestial, ali habitaremos sempre com os membros da família real; ali veremos o Rei em Sua beleza, e contemplaremos Seus atrativos incomparáveis. O Preparo dos Missionários CP 209 1 É importante que tenhamos escolas intermediárias e secundárias. A nós foi confiada uma grande obra - a obra de proclamar a mensagem do terceiro anjo, a toda nação, tribo, língua e povo. Temos poucos missionários. De nosso país e do exterior estão a chegar muitos pedidos urgentes para que se enviem obreiros. Jovens, os de meia-idade, e efetivamente todos os que são capazes de empenhar-se no serviço do Mestre, devem exigir de sua mente tudo que puderem, no sentido de se prepararem para atender a esses pedidos. Pela luz que Deus me deu, sei que não fazemos uso das faculdades do espírito nem com metade da diligência que cumpriria empregar-se no esforço de nos habilitarmos para maior utilidade. Se consagrarmos o espírito e o corpo ao serviço de Deus, obedecendo à Sua lei, Ele nos dará para todo o empreendimento uma força moral santificada. CP 210 1 Todo homem e mulher, em nossas fileiras, quer seja pai quer não, deve estar profundamente interessado na vinha do Senhor. Não podemos consentir que nossos filhos se deixem levar para o mundo e caiam sob o domínio do inimigo. Vamos ao socorro do Senhor, ao socorro do Senhor com os valorosos. Façamos tudo ao nosso alcance a fim de tornar nossas escolas uma bênção à nossa juventude. Professores e estudantes, muito podeis fazer para realizar isso, levando o jugo de Cristo, aprendendo diariamente dEle Sua mansidão e humildade. Os que não se acham diretamente ligados à escola, podem auxiliar no sentido de a tornar uma bênção, dando-lhe seu cordial apoio. Assim todos seremos "cooperadores com Deus", e receberemos a recompensa dos fiéis, a saber, a entrada na escola celestial. Instrução Posterior CP 210 2 Não é prudente que uma nova escola erga sua bandeira e prometa fazer uma elevada ordem de trabalho, antes de provar que é completamente capaz de efetuar trabalho preparatório. Deve ser o grande objetivo de toda escola intermediária efetuar o trabalho mais completo possível, nas matérias comuns. CP 210 3 Em cada escola que se estabelece entre nós, devem os professores começar humildemente, não se apoderando dos degraus mais altos da escada antes que hajam subido os mais baixos. Devem subir degrau após degrau, começando embaixo. Sejam aprendizes, mesmo ensinando as matérias usuais. Tendo aprendido a significação da simplicidade da educação verdadeira, melhor compreenderão como preparar os estudantes para os estudos mais adiantados. Os professores devem aprender, à medida que ensinam. Tem de ser feito progresso, e pelo progresso deve ser ganha a experiência. CP 211 1 Nossos professores não devem pensar que seu trabalho termina com a instrução dada nos livros. Várias horas cada dia devem ser dedicadas ao trabalho com os estudantes nalgum ramo de ensino manual. Em caso algum deve isso ser negligenciado. CP 211 2 Em toda escola deve haver os que tenham uma reserva de paciência e de talento disciplinar, e que cuidem que cada ramo de trabalho seja mantido na mais elevada norma. Devem dar-se lições de asseio, ordem e perfeição. Ensine-se aos estudantes como conservar em perfeita ordem tudo na escola e em redor dela. CP 211 3 Antes de tentar guiar o jovem, deve o professor aprender a governar-se. Se ele não é um discípulo constante na escola de Cristo, se não tem o discernimento e discriminação que o habilitem a empregar sábios métodos em seu trabalho, se não pode governar com firmeza embora com jovialidade e bondade os que se acham sob seu cuidado, como ser bem-sucedido em seu ensino? O professor que não está sob a direção de Deus necessita atender a este convite: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve" (Mt 11:29, 30). CP 211 4 Todo professor deve aprender diariamente de Jesus, fazendo uso de Seu jugo repressor, assentando-se em Sua escola como estudante, obedecendo às regras do princípio cristão. O professor que não se acha sob a guia do Mestre por excelência não será capaz de defrontar com êxito as várias situações que surgem como resultado da perversidade natural da infância e juventude. CP 212 1 Leve o professor paz, amor e alegria a seu trabalho. Não consinta que venha a ficar irado ou irritado. O Senhor está a olhar para ele com profundo interesse, para ver se está sendo moldado pelo Mestre divino. A criança que perde seu domínio próprio é muito mais desculpável do que o professor que consente em tornar-se irado e impaciente. Quando deve ser dada uma repreensão severa pode ainda assim ser dada com bondade. Cuide o professor em que não torne obstinada a criança, falando-lhe asperamente. Acompanhe toda repreensão com as gotas do óleo da bondade. Nunca deve esquecer-se de que está a tratar com Cristo na pessoa de um dos pequeninos de Cristo. CP 212 2 Seja uma máxima estabelecida que, em toda disciplina escolar, reinem a fidelidade e o amor. Quando um estudante é corrigido de tal maneira que não venha a pensar que o professor deseja humilhá-lo, brota em seu coração o amor para com o professor. Santa Helena, Califórnia, 17 de maio de 1903. CP 212 3 Nas visões da noite eu falava ardorosamente aos irmãos, no sul da Califórnia, com referência à escola de Fernando. Questões perturbadoras tinham surgido, com respeito à escola. Havia naquela assembléia Alguém que tinha autoridade, e Este deu conselhos com referência ao modo por que a escola deveria ser regida. Disse o nosso Conselheiro: "Se prosseguirdes no conhecimento do Senhor, sabereis que Sua saída será como a alva. Os professores na escola devem ser, juntamente com os estudantes, aprendizes em toda a instrução dada. Devem receber constantemente graça e sabedoria da fonte de toda a sabedoria. CP 213 1 "Estais precisamente a começar a vossa obra. Nem todas as vossas idéias são positivamente corretas. Nem todos os vossos métodos são sábios. Não é possível que vosso trabalho, no seu princípio, seja perfeito. Mas, à medida que avançais, aprendereis como, da maneira mais vantajosa, fazer uso do conhecimento que estais adquirindo. A fim de fazerem o seu trabalho em harmonia com a vontade do Senhor, devem os professores conservar aberta a mente para receber instrução do grande Mestre." Los Angeles, Califórnia, 18 de setembro de 1902. CP 213 2 Cometeis certamente um grave erro se empreendeis, com alguns estudantes e poucos professores, efetuar um trabalho superior, que, com tanta dificuldade e despesa, é levado avante em nossas escolas maiores. Será melhor para os vossos estudantes e para a escola, que os que reclamam estudos superiores vão à escola superior, e assim deixem vosso corpo docente livre para que dedique suas melhores energias à realização de um trabalho completo no ensino das matérias usuais. CP 213 3 O que fará de nossas escolas uma força? Não é o tamanho dos edifícios, não é o número das matérias superiores ensinadas. É o trabalho fiel executado pelos professores e estudantes, começando nos degraus mais baixos da escada do progresso, e ascendendo diligentemente degrau após degrau. CP 213 4 Consegui um homem forte para ocupar o cargo de diretor em vossa escola, homem cuja força física o favoreça na execução de um trabalho disciplinar completo; homem que se ache habilitado a educar os estudantes nos hábitos de ordem, asseio e diligência. Efetuai um trabalho completo no que quer que empreendais. Se sois fiéis no ensino dos ramos usuais, muitos de vossos estudantes poderão entrar diretamente para a obra como colportores e evangelistas. Não precisamos entender que todos os obreiros necessitem de educação superior. CP 214 1 Os jovens em todas as nossas instituições devem ser afeitos, moldados e disciplinados para Deus; e nesta obra devem sempre ser revelados a misericórdia, o amor e a ternura do Senhor. Isso não deve degenerar-se em fraqueza e sentimentalismo. Devemos ser bondosos, porém firmes. E lembrem-se os professores de que, conquanto a decisão seja necessária, nunca devem eles ser ásperos ou condenadores, nunca manifestar espírito despótico. Conservem a calma e, não se deixando levar pela ira, revelem assim o melhor caminho. CP 214 2 Deus quer que demonstremos o Seu amor, mostrando um interesse vivo nos jovens sob nosso cuidado. Apresentai-os diante do Senhor, e rogai-Lhe fazer por eles o que não podeis fazer. Vejam eles que reconheceis vossa necessidade de auxílio divino. CP 214 3 O professor deve constantemente ter como objetivo a simplicidade e a eficiência. Deve fazer grande uso de ilustrações ao ensinar. Mesmo tratando com alunos mais velhos, cumpre ter o cuidado de tornar claras e evidentes todas as explicações. Muitos alunos adiantados em idade são crianças no entendimento. Educação, p. 233. ------------------------Capítulo 28 -- O Valor das Matérias Comuns CP 215 1 Na educação, o trabalho de progredir deve iniciar-se no degrau mais baixo da escada. As matérias comuns devem ser ensinadas de maneira completa e com oração. Muitos que acham ter concluído sua educação são deficientes na ortografia e escrita, e tampouco lêem ou falam corretamente. Não poucos que estudam os clássicos ou outros ramos mais elevados do saber, e que alcançam determinadas normas, fracassam finalmente porque negligenciaram fazer trabalho cabal nos ramos comuns. Nunca obtiveram bom conhecimento da língua materna. Necessitam voltar e começar a subir desde o primeiro degrau da escada. CP 215 2 É erro permitir que os estudantes em nossas escolas preparatórias escolham seus próprios estudos. Esse erro tem sido cometido, e como resultado, estudantes que se não tomaram as matérias usuais têm procurado subir mais alto do que estavam preparados a fazer. Alguns que não podiam falar corretamente sua língua materna, têm desejado empreender o estudo de línguas estrangeiras. CP 215 3 Os estudantes que, ao chegarem à escola, pedem que se lhes permita tomar os estudos mais elevados, devem primeiramente ser examinados nos ramos elementares. Estive a conversar com o professor de uma de nossas escolas de Associação, e ele me disse que alguns tinham vindo à sua escola com diplomas que mostravam terem feito alguns dos estudos superiores em outras escolas. CP 215 4 - Examinou a cada um desses estudantes para ver se receberam a devida instrução nesses ramos? - indaguei. - Ora - disse o professor - em todos esses casos não pudemos dar aos estudantes crédito total pelo trabalho feito no passado, conforme era este representado pelo diploma. Seu preparo, mesmo nas matérias comuns, tinha sido muito deficiente. CP 216 1 E assim é em muitos casos. CP 216 2 Devem os professores ter o cuidado de dar aos estudantes aquilo de que eles mais necessitam, em vez de lhes permitir tomar os estudos que queiram. Devem provar a exatidão e o conhecimento dos estudantes; então poderão dizer se alcançaram a altura que julgam ter atingido. CP 216 3 Um dos ramos fundamentais do saber é o estudo da língua. Em todas as nossas escolas deve-se ter o cuidado especial de ensinar aos estudantes o uso correto da língua materna, no falar, ler e escrever. Não se pode exagerar por mais que se diga com relação à importância da perfeição nestas matérias. Um dos requisitos essenciais em um professor é a habilidade de falar e ler com clareza e vigor. Aquele que sabe fazer uso da língua materna, de maneira fluente e correta, pode exercer uma influência muito maior do que o que é incapaz de exprimir seus pensamentos de modo pronto e claro. CP 216 4 Na classe de leitura deve ser ensinada a cultura da voz; e em outras classes o professor deve insistir em que os estudantes falem distintamente e empreguem palavras que exprimam clara e energicamente seus pensamentos. Os estudantes devem ser ensinados a fazer uso dos músculos abdominais, no respirar e no falar. Isso tornará o tom da voz mais cheio e claro. CP 216 5 Faça-se com que os estudantes compreendam que Deus deu a cada um de nós uma maravilhosa estrutura - o corpo humano - que devemos usar para glorificar a Ele. As faculdades do corpo estão constantemente operando em nosso favor, e se o quisermos podemos tê-las sob nosso governo. CP 217 1 Podemos ter conhecimentos, mas, a menos que seja adquirido o hábito de usar corretamente a voz, nosso trabalho será sem sucesso. A menos que possamos revestir nossas idéias de linguagem apropriada, de que vale nossa educação? O saber nos será de pouco valor, a não ser que cultivemos o talento da fala; entretanto é ele um poder maravilhoso quando combinado com a habilidade de falar palavras sábias e auxiliadoras, e falá-las de maneira que se imponha à atenção. CP 217 2 Não podemos nos enfadar por terem os alunos de exercitar-se nesses assuntos usuais. Devem ser os estudantes impressionados com o fato de que eles próprios serão educadores de outros, e por tal razão cumpre esforçarem-se ardorosamente no sentido de aperfeiçoar-se. CP 217 3 Aprender a dizer de maneira convincente e impressiva aquilo que sabemos tem valor especial para os que desejam ser obreiros na causa de Deus. Quanto mais expressão pudermos colocar nas palavras da verdade, tanto mais eficazes serão essas palavras naqueles que as ouvem. Uma apresentação conveniente da verdade do Senhor, é digna dos nossos mais aplicados esforços. CP 217 4 A menos que os estudantes que se preparam para a obra na causa de Deus sejam ensinados a falar de maneira clara, direta, ficarão privados da metade de sua influência para o bem. Qualquer que seja sua ocupação, o estudante deve aprender a dominar a voz. A habilidade de falar clara e distintamente, em tom cheio e igual, é imprescindível em qualquer ramo da obra, e é indispensável aos que desejam tornar-se pastores, evangelistas, obreiros bíblicos ou colportores. CP 218 1 Quando a cultura da voz, a leitura, a escrita e a ortografia tomarem o seu devido lugar em nossas escolas, será vista uma grande mudança para melhor. Tais matérias têm sido negligenciadas porque os professores não reconheceram seu valor. São, porém, mais importantes do que o latim e o grego. Não digo que seja mau estudar latim e grego, mas digo que é erro negligenciar os assuntos que estão nos alicerces da educação a fim de sobrecarregar o espírito com o estudo dessas matérias mais elevadas. CP 218 2 É questão de grande importância que os estudantes obtenham uma educação que os habilite a uma próspera vida de negócios. Não devemos estar satisfeitos com a educação unilateral dada em muitas escolas. As matérias usuais devem ser completamente dominadas, e o conhecimento de contabilidade ser considerado tão importante como o da gramática. Todos os que esperam empenhar-se na obra do Senhor devem aprender a escriturar suas contas. No mundo há muitos que fracassaram nos negócios e são considerados como desonestos, os quais intimamente são fiéis, mas deixaram de alcançar êxito porque não conheciam a escrituração mercantil. CP 218 3 Uma boa ortografia, uma caligrafia clara e bonita e noções de contabilidade, são conhecimentos necessários. A escrituração mercantil desapareceu de forma estranha do trabalho escolar em muitos lugares, mas deve ser considerado um estudo de primeira importância. Um preparo perfeito nessas matérias habilitará os estudantes a ocupar cargos de responsabilidade. CP 218 4 Desejo dizer a todos os estudantes: Não fiqueis nunca satisfeitos com um padrão baixo. Ao irdes para a escola, certificai-vos de o fazer com um nobre e santo objetivo. Ide porque desejais habilitar-vos para o serviço em qualquer parte da vinha do Senhor. Fazei tudo ao vosso alcance para atingir esse objetivo. É-vos dado fazer por vós mesmos mais do que seria possível a qualquer outro realizar em vosso benefício. E, se fizerdes por vós tudo que puderdes, que fardo tirareis de cima do diretor e dos professores! CP 219 1 Antes de tentar estudar os ramos mais altos do conhecimento literário, estai certos de compreender perfeitamente as simples regras de gramática da língua materna, havendo também aprendido a ler e escrever corretamente. Subi os degraus mais baixos da escada antes de alcançar os degraus mais altos. CP 219 2 Não gasteis tempo em estudar aquilo que de pouca utilidade vos será na vida posterior. Em lugar de vos esforçardes no estudo dos clássicos, aprendei primeiro a falar corretamente a língua materna. Aprendei como escriturar contas. Adquiri conhecimento dos ramos de estudo que vos ajudarão a ser úteis onde quer que vos encontreis. CP 219 3 As instruções que nos foram enviadas pelo Senhor, advertindo os estudantes e professores contra o gastar anos de estudo na escola, não se aplicam a rapazes e meninas novos. Estes devem passar pelo devido período de cabal disciplina e estudo dos ramos comuns e da Bíblia, até atingirem a idade de juízo mais amadurecido e mais digno de confiança. ------------------------Capítulo 29 -- A Influência das Companhias CP 220 1 A Palavra de Deus acentua grandemente a influência das companhias, mesmo nos homens e nas mulheres. Quanto maior não será seu poder no espírito e no caráter em formação das crianças e jovens! As companhias que têm, os princípios que adotam e os hábitos que formam decidirão quanto a serem ou não úteis aqui, bem como seu futuro destino. CP 220 2 É fato terrível, e desses que devem fazer tremer o coração dos pais, o de que em tantas escolas e colégios para onde são enviados os jovens em busca de disciplina e cultura mental, prevaleçam influências que deformam o caráter, desviam a mente dos verdadeiros objetivos da vida, e rebaixam a moral. Mediante o contato com os que não têm religião, com os amantes do prazer e os corruptos, muitos jovens perdem a simplicidade e pureza, a fé em Deus e o espírito de sacrifício, que pais e mães cristãos alimentaram e preservaram por meio de instrução cuidadosa e fervorosa oração. CP 220 3 É inevitável que os jovens tenham companheiros, e hão de necessariamente sentir a influência deles. Há misteriosos laços que ligam as almas entre si, de modo que o coração de um responde ao coração do outro. Um recebe as idéias, os sentimentos, o espírito do outro. Essa associação pode ser uma bênção ou uma maldição. Os jovens podem auxiliar-se e fortalecer-se uns aos outros, melhorando no comportamento, na disposição, no conhecimento; ao contrário, caso permitam a si mesmos tornar-se descuidosos e infiéis, podem exercer uma influência desmoralizadora. CP 220 4 A questão da escolha de companheiros é daquelas que os alunos devem aprender a considerar com seriedade. Entre os jovens que freqüentam nossas escolas haverá sempre duas classes - os que buscam agradar a Deus e obedecer aos professores, e os que estão cheios de um espírito rebelde. Se os jovens vão com a multidão a fazer o mal, sua influência é posta ao lado do adversário das almas; desencaminharão os que não têm nutrido princípios de inabalável fidelidade. CP 221 1 Com razão se tem dito: "Dize-me com quem andas, e te direi quem és." O jovem deixa de compreender quão afetados são ao mesmo tempo seu caráter e sua reputação, pela escolha que faz de companheiros. A pessoa busca a companhia daqueles cujos gostos, hábitos e modo de proceder, têm afinidades com os seus. Os que preferem a sociedade dos ignorantes e viciosos à dos sábios e bons, mostram ser defeituoso seu próprio caráter. Seus gostos e hábitos podem a princípio ser inteiramente diversos dos hábitos e gostos daqueles cuja companhia procuram. À medida, porém, que se misturam com essa classe, seus pensamentos e sentimentos mudam; sacrificam os princípios retos e, insensivelmente, mas de maneira inevitável, descem ao nível de seus companheiros. Assim como um rio sempre participa da propriedade do solo através do qual corre, do mesmo modo os princípios e hábitos dos jovens se mancham invariavelmente com o caráter dos companheiros com que se associam. CP 221 2 Deve-se ensinar os estudantes a resistir firmemente às seduções para o mal, que vêm mediante a companhia de outros jovens. Cercados como estão pela tentação, sua única salvaguarda contra o mal está em habitar Cristo neles. Devem aprender a olhar a Jesus continuamente, estudar Suas virtudes, fazer dEle seu modelo diário. Então a verdade, trazida para o íntimo santuário da alma, santificará a vida. Devem ser ensinados a pesar suas ações, a raciocinar partindo da causa para o efeito, a comparar a perda ou ganho eterno com a vida dada para servir aos propósitos do inimigo ou dedicada ao serviço da justiça. Devem ser ensinados a escolher como companheiros os que dão provas de correção de caráter, os que praticam a verdade da Bíblia. Mediante a companhia dos que andam de acordo com os princípios, mesmo os descuidados aprenderão a amar a justiça. E pela prática do correto procedimento criar-se-á no coração um desgosto pelo que é vil e banal e discorde dos princípios da Palavra de Deus. CP 222 1 A resistência do caráter consiste em duas coisas - força de vontade e domínio de si mesmo. Muitos jovens confundem paixões fortes e não controladas com firmeza de caráter; a verdade, porém, é que aquele que é regido por suas paixões é um fraco. A verdadeira grandeza e nobreza do homem medem-se por sua capacidade de vencer os próprios sentimentos, e não pela capacidade desses sentimentos para vencê-lo. O homem mais forte é aquele que, conquanto sensível à ofensa, restringe ainda a paixão e perdoa aos inimigos. CP 222 2 Deus nos deu poder intelectual e moral; mas, em grande medida, cada um é o arquiteto de seu próprio caráter. Cada dia a estrutura mais se aproxima do termo. A Palavra de Deus nos adverte a estar atentos quanto à maneira por que edificamos, para ver se nosso edifício está fundado na Rocha eterna. Aproxima-se o tempo em que nossa obra se revelará tal como é. Agora é o tempo em que todos devem cultivar as faculdades que lhes foram dadas por Deus, a fim de formarem caráter útil, aqui, e apto para uma vida mais elevada no porvir. CP 223 1 A fé em Cristo como Salvador pessoal dará resistência e solidez ao caráter. Os que têm genuína fé em Cristo, serão sóbrios, lembrando-se de que os olhos de Deus estão sobre eles, que o Juiz de todos os homens está pesando os valores morais, que os seres celestes estão observando a ver que espécie de caráter se está desenvolvendo. CP 223 2 A razão por que os jovens cometem tão graves erros é não aprenderem com a experiência dos que já viveram mais que eles. Os alunos não podem tomar como gracejos ou meter a ridículo as precauções e instruções de pais e mestres. Eles devem guardar cuidadosamente cada lição, avaliando ao mesmo tempo sua necessidade de ensino mais profundo do que lhes pode ministrar qualquer criatura humana. Quando Cristo habita no coração pela fé, Seu Espírito Se torna uma força para purificar e vivificar a alma. Estando a verdade no coração, não pode deixar de ter influência corretiva sobre o viver. Retenham professores e estudantes a verdade de Deus como um tesouro do mais elevado valor, que não deve ser obscurecido ou empanado por práticas que não estão de acordo com Seu santo caráter. CP 223 3 Lembrem-se os alunos que se acham fora do lar, não mais sob a direta influência dos pais, de que sobre eles está o olhar do Pai celeste. Ele ama a juventude. Conhece-lhes as necessidades, compreende-lhes as tentações. Neles vê grandes possibilidades, estando pronto a ajudá-los a atingir a mais elevada norma, caso reconheçam as próprias necessidades e Lhe busquem o auxílio. CP 223 4 Estudantes, noite e dia ascendem a Deus as súplicas de vossos pais em vosso favor; dia a dia vos acompanha seu amorável interesse. Dai ouvidos aos seus rogos e advertências, resolvendo que, por todos os meios, vos haveis de elevar acima do mal que vos circunda. Não vos é possível discernir quão fortemente operará o inimigo para vos corromper a mente e os hábitos, para em vós desenvolver maus princípios. CP 224 1 Talvez não vejais nenhum perigo real em dar o primeiro passo na frivolidade e na busca do prazer, e penseis que quando vos aprouver mudar de atitude, sereis capazes de proceder corretamente com tanta facilidade como antes de vos entregardes ao mal. Engano. Pela escolha de maus companheiros, muitos têm sido passo a passo desviados do caminho da virtude aos abismos da desobediência e do desregramento em que, outrora, haveriam julgado impossível imergir. CP 224 2 O aluno que cede à tentação enfraquece sua influência para o bem. Aquele que, por um errôneo procedimento, se torna agente do adversário das almas, deve dar a Deus contas pela parte que desempenhou em pôr pedra de tropeço no caminho de outros. Por que se haveriam os estudantes de ligar-se com o grande apóstata? Por que se tornariam agentes seus para tentar a outros? Ao contrário, por que não estudariam para ajudar e animar a seus colegas e professores? É privilégio seu auxiliar seus mestres no levar as cargas e enfrentar as perplexidades que Satanás desejaria tornar desanimadoramente pesadas e difíceis. Podem criar uma atmosfera benéfica e recreativa. Todo estudante pode fruir a consciência de haver estado ao lado de Cristo, mostrando respeito pela ordem, diligência e obediência, e recusando-se a prestar um jota de sua capacidade ou influência ao grande inimigo de tudo quanto é bom e de molde a elevar. CP 225 1 O aluno que tem conscienciosa consideração pela verdade, e uma verdadeira concepção do dever pode fazer muito no sentido de influenciar os colegas em direção de Cristo. Os jovens que levam o jugo com o Salvador não serão insubordinados; não considerarão de forma egoísta o próprio prazer e satisfação. Porque são um com Cristo em espírito, serão com Ele um em ação. Os estudantes mais velhos em nossas escolas, devem lembrar-se de que está em seu poder moldar os hábitos e práticas dos alunos mais novos; e deveriam aproveitar ao máximo as oportunidades de o fazer. Decidam esses estudantes não entregar, por sua influência, os companheiros nas mãos do inimigo. CP 225 2 Jesus será o ajudador de todos quantos nEle puserem a confiança. Os que se acham em ligação com Cristo, têm ao seu dispor a felicidade. Seguem o caminho a cuja frente vai o Salvador como guia, crucificando por amor dEle a carne com suas inclinações e concupiscências. Em Cristo fundaram suas esperanças, e as tempestades da Terra são impotentes para os abalar do firme fundamento. CP 225 3 A vós pertence, jovens, o decidir se vos tornareis fiéis, prontos e resolutos em vos colocar ao lado do direito, sejam quais forem as circunstâncias. Desejais formar bons hábitos? Buscai então a companhia dos que têm sã moral e cujo objetivo tende ao bem. As preciosas horas do tempo da graça vos são asseguradas para que removais todo defeito de vosso caráter, e isso deveis realizar, não somente a fim de conseguir a vida futura, mas para que sejais úteis na presente existência. O bom caráter é um capital mais valioso do que a prata e o ouro. Não é afetado por crises nem fracassos, e naquele dia em que hão de ser destruídas as riquezas terrestres, os seus frutos serão fartos. A integridade, a firmeza e a perseverança são qualidades que todos devem zelosamente cultivar; pois elas revestem seu possuidor de um poder irresistível - um poder que o torna forte para fazer o bem, forte para resistir ao mal, forte para suportar a adversidade. CP 226 1 O amor da verdade, e um senso da responsabilidade de glorificar a Deus, são o mais poderoso dos incentivos para o desenvolvimento do intelecto. Com esse impulso para a ação, o aluno não pode ser leviano. Estará sempre atento. Estudará como sob as vistas de Deus, sabendo que todo o Céu se acha empenhado na obra de sua educação. Tornar-se-á nobre de espírito, generoso, bondoso, cortês, semelhante a Cristo, eficiente. Mente e coração hão de trabalhar em harmonia com a vontade de Deus. CP 226 2 Os jovens que estão em harmonia com Cristo, escolherão companheiros que os auxiliem a proceder bem, esquivando-se à sociedade que não contribui para o desenvolvimento dos retos princípios e desígnios nobres. Em todos os lugares se encontram jovens cujo espírito se acha moldado num tipo inferior. Quando postos em contato com esta classe, os que se colocaram incondicionalmente ao lado de Cristo permanecerão firmes em favor daquilo que a razão e a consciência lhes indica ser o direito. ------------------------Capítulo 30 -- Algumas Necessidades do Professor Cristão CP 229 1 Ao professor é confiada importantíssima obra - obra para a qual ele não deve entrar sem cuidadoso e completo preparo. Cumpre-lhe sentir a santidade de sua vocação, e a ela entregar-se com dedicação e zelo. Quanto mais possua o mestre de verdadeiro conhecimento, tanto melhor efetuará o trabalho. A sala de aulas não é lugar para obra superficial. Professor algum que se satisfaça com um conhecimento de superfície atingirá alto grau de eficiência. CP 229 2 Não basta, porém, que o professor possua natural aptidão e cultura intelectual. Estas são indispensáveis, mas, sem a habilitação espiritual para a obra, não se acha preparado para nela empenhar-se. Ele deve ver em cada aluno a obra das mãos de Deus - um candidato às honras imortais. Deve procurar educar, exercitar e disciplinar o jovem de tal modo que cada um chegue à mais elevada norma de excelência a que Deus o chama. CP 229 3 O desígnio da educação é glorificar a Deus; habilitar homens e mulheres a atender a oração: "Venha o Teu reino. Seja feita a Tua vontade, tanto na Terra como no Céu" (Mt 6:10). Deus convida os professores a serem auxiliares Seus no desenvolver esse desígnio. Pede-lhes que introduzam em seu serviço os princípios do Céu, o ABC da verdadeira educação. O mestre que ainda não aprendeu esses princípios deve agora começar a estudá-los. E, à medida que aprende, desenvolverá a aptidão de ensinar os outros. O Conhecimento Individual de Cristo CP 230 1 Todo professor cristão deve possuir inteligente conhecimento do que Cristo é para ele individualmente. Deve saber fazer do Senhor a sua força e eficiência; saber entregar a guarda de sua alma a Deus como a um fiel Criador. De Cristo procede todo conhecimento essencial a habilitar os mestres a serem coobreiros de Deus - conhecimento que lhes abre os mais vastos campos de utilidade. CP 230 2 Muitos não apreciam esse conhecimento, mas, ao educarem-se, buscam aquilo que seja considerado, por seus semelhantes, saber admirável. Mestres, que a vossa glória esteja em Deus, não na ciência, não em línguas estrangeiras ou em qualquer outra coisa meramente humana. Seja vossa mais alta ambição o viver o Cristianismo. CP 230 3 "Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a Sua saída" (Os 6:3). Como a luz do Sol brilha com força crescente desde a manhã até ao meio-dia, assim, ao prosseguirdes na luz da Palavra de Deus, haveis de receber mais luz. CP 230 4 Os que aceitam a responsabilidade que repousa sobre todos os professores, devem estar constantemente avançando. Não se devem contentar em ficar nas baixadas da experiência cristã, mas estar sempre ascendendo a um nível mais alto. Tendo nas mãos a Palavra do Senhor, e o amor pelas almas indicando-lhes a contínua diligência, devem avançar passo a passo na eficiência. A Necessidade de Oração CP 231 1 Todo professor deve receber diariamente instruções de Cristo, e trabalhar de contínuo sob Sua direção. Impossível lhe é compreender devidamente ou executar sua obra, a menos que esteja com Deus em oração. Unicamente com o auxílio divino, aliado a sincero e abnegado esforço, poderá ele esperar fazer sabiamente e bem o seu trabalho. CP 231 2 A não ser que o professor compreenda a necessidade de orar, e humilhe o coração perante Deus, perderá a própria essência da educação. Deve saber orar, e a linguagem que convém empregar ao fazê-lo. "Eu sou a videira", disse Jesus, "vós, as varas; quem está em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer" (Jo 15:5). O professor deve fazer com que o fruto da fé seja manifesto em suas orações. Aprender a chegar ao Senhor e pleitear com Ele até que receba a certeza de que Suas petições foram ouvidas. Lidar com os Alunos Como Indivíduos CP 231 3 O professor deve estudar cuidadosamente a disposição e o caráter dos discípulos a fim de adaptar os ensinos às necessidades peculiares aos alunos. Pertence-lhe um jardim para cuidar, jardim em que se acham plantas que diferem grandemente entre si quanto à natureza, à forma, ao desenvolvimento. Algumas talvez pareçam belas e simétricas, mas muitas ficaram raquíticas e deformadas pela negligência. Aquele a quem foi confiado o cuidado dessas plantas, deixou-as à mercê das circunstâncias, e agora as dificuldades do correto cultivo são dez vezes maiores. Desenvolvimento Harmonioso CP 232 1 Nenhum ramo de estudo deve receber especial atenção com detrimento de outros igualmente importantes. Alguns professores dedicam muito tempo a um ramo favorito, exercitando os alunos em cada ponto, e elogiando-os pelo progresso feito, ao passo que esses estudantes talvez sejam deficientes em outros estudos essenciais. Tais mestres estão causando aos discípulos grande dano. Estão privando daquele harmônico desenvolvimento das faculdades mentais que devem possuir, bem como de conhecimentos que verdadeiramente necessitam. CP 232 2 Nessas questões, os professores são muitas vezes impulsionados por motivos ambiciosos e egoístas. Enquanto trabalharem sem mais elevados objetivos, não lhes será possível inspirar nos alunos desejos ou propósitos mais nobres. A mente aguçada e ativa dos jovens é pronta em apanhar todo defeito de caráter, e copiarão esses defeitos muito mais rapidamente do que o farão às graças do Espírito Santo. O Poder de uma Feliz Disposição CP 232 3 O constante convívio com pessoas inferiores em idade e em preparo mental tende a tornar o professor obstinado a seus direitos e opiniões, e leva-o a ser cioso de sua posição e dignidade. Um espírito assim está em oposição à mansidão e humildade de Cristo. A negligência no cultivo dessas graças impede o progresso na vida divina. Muitos criam assim barreiras entre si e Jesus, de maneira que Seu amor não lhes pode fluir para o coração, e eles se queixam depois de não poderem ver o Sol da Justiça. Esqueçam essas pessoas o próprio eu, e vivam para Jesus, e a luz do Céu lhes trará alegria à alma. CP 233 1 Nenhum homem ou mulher irritável, impaciente, arbitrário ou autoritário é apto para ensinar. Esses traços de caráter causam grande dano na sala de aulas. Não desculpe o professor sua errônea atitude com a alegação de ter um temperamento naturalmente impulsivo, ou de que errou ignorantemente. Em sua posição, a ignorância ou a falta de domínio próprio é pecado. Ele está escrevendo nas almas lições que serão conservadas através da vida, e deve exercitar-se em nunca proferir uma palavra precipitada, não perder nunca o domínio de si mesmo. CP 233 2 Mais que qualquer outra pessoa, aquele que tem a seu cargo educar jovens se deve precaver contra o permitir-se uma disposição melancólica ou sombria; pois isso o eliminará da simpatia dos alunos, e sem simpatia ele não pode esperar beneficiá-los. Não devemos obscurecer nosso próprio caminho nem o dos outros com as sombras de nossas provações. Temos um Salvador a quem nos dirigir, em cujo compassivo ouvido nos é dado desabafar toda queixa. Podemos deixar todas as nossas preocupações e fardos a Seus pés, e então o trabalho nos não parecerá difícil ou rigorosas as provações que nos sobrevêm. CP 233 3 "Regozijai-vos, sempre, no Senhor", exorta o apóstolo Paulo; "outra vez digo: regozijai-vos" (Fp 4:4). Seja qual for a vossa disposição, Deus é capaz de moldá-la de tal jeito, que ela venha a ser suave e cristã. Pelo exercício da fé viva, podeis desligar-vos de tudo que não está em harmonia com a mente de Deus, trazendo assim o Céu ao vosso viver aqui embaixo. Assim fazendo, sempre estareis felizes. Quando o inimigo procura circundar a alma de trevas, falai de fé, cantai a fé, e verificareis que cantastes e falastes de vossa entrada na luz. CP 234 1 Abrimos para nós mesmos as comportas da infelicidade ou da alegria. Se permitimos que a mente se nos absorva com as aflições e as mesquinharias da Terra, o nosso coração se encherá de incredulidade, sombras e maus pressentimentos. Se fixarmos as afeições nas coisas que são de cima, a voz de Jesus nos falará ao coração, silenciarão as murmurações, e os pensamentos aflitivos se dissiparão em louvores a nosso Redentor. Os que se demoram na grande misericórdia de Deus, e não se esquecem dos menores de Seus dons, hão de cingir-se de alegria, em seu coração louvando ao Senhor. Então fruirão o trabalho. Permanecerão firmes em seu posto de dever. Terão um plácido temperamento, um espírito cheio de confiança. Acrescentado Pelo Uso CP 234 2 O professor não deve supor que todo o seu tempo tem de ser gasto no estudo dos livros. Pondo em prática o que aprende, receberá mais do que pelo mero estudo. À medida que emprega o que sabe, vai crescendo mais. Alguns, não possuindo senão um talento, acham que nada podem fazer. Escondem-no na terra, por assim dizer; e como não recebam nenhum aumento queixam-se de Deus. Se usassem, porém, a aptidão que lhes foi concedida, duplicariam o seu talento. É pelo fiel emprego dos talentos que os mesmos são multiplicados. Ao empregarmos devidamente as vantagens que Deus nos dá, Ele nos acrescenta as aptidões para o serviço. CP 234 3 Por serdes professores, não penseis que vos seja desnecessário obter educação nos simples deveres da vida. Por estudardes os livros, não negligencieis os deveres diários que vos rodeiam. Onde quer que vos encontreis, entremeai vossa vida com toda utilidade possível, e verificareis que a mente se torna mais capaz de expansão, mais vigorosa no apreender as lições que desejais aprender. Cumprindo com fidelidade todo dever prático que vos sobrevém, estais vos tornando mais habilitados a educar os que necessitam aprender a fazer essas coisas. Apelo CP 235 1 Alguns há que amam a sociedade do mundo, que consideram a companhia dos mundanos alguma coisa mais desejável do que a dos que amam a Deus e Lhe guardam os mandamentos. Mestres, sabei o suficiente para obedecer a Deus. Sabei o suficiente para seguir as pegadas de Cristo, para usar-Lhe o jugo. Desejais acaso a sabedoria de Deus? Humilhai-vos então perante Ele; andai no caminho de Seus mandamentos; decidi aproveitar o mais possível toda oportunidade a vós concedida. Reuni todo raio de luz que vos incida no caminho. Segui a luz. Introduzi na prática da vida os ensinos da verdade. Ao vos humilhardes ante a potente mão de Deus, Ele vos exaltará. Confiai-Lhe vossa obra, trabalhai com fidelidade, com sinceridade e verdade, e vereis que o trabalho de cada dia traz sua recompensa. CP 235 2 Os mestres precisam ter fé viva, do contrário, serão separados de Cristo. O Salvador não pergunta qual é o conceito que tendes perante o mundo, quanto louvor estais recebendo de lábios humanos; pede-vos, porém, que vivais de tal modo que Ele possa colocar Seu selo sobre vós. Satanás busca lançar a própria sombra em vosso caminho a fim de vos impedir o êxito. É necessário possuirdes dentro de vós poder do alto para que, em nome de Jesus de Nazaré, vos seja dado vencer o poder que opera de baixo. Possuir no coração o Espírito de Cristo é incomparavelmente de mais importância do que fruir o conceito dos mundanos. CP 236 1 Ao professor é confiada uma grande obra - obra para a qual, em sua própria força, ele é de todo incapaz. Todavia se, compreendendo a própria fraqueza, apega-se a Jesus, tornar-se-á forte na força do Poderoso. Cumpre-lhe introduzir em sua difícil tarefa a paciência, o domínio de si mesmo, e a suavidade de Cristo. O coração deve arder-lhe com o mesmo amor que levou o Senhor da vida e da glória a morrer por um mundo perdido. A paciência e a perseverança não perderão sua recompensa. Os melhores esforços dos fiéis professores se demonstrarão por vezes ineficazes; todavia, ele verá o fruto de seu esforço. Caracteres nobres e vidas úteis serão a preciosa recompensa de sua fadiga e cuidado. CP 236 2 A natureza humana é digna de que nela se trabalhe. Tem de ser elevada, purificada, santificada, e preparada com o adorno interior. Mediante a graça de Deus em Jesus Cristo, que revela salvação, imortalidade e vida, Sua herança tem de ser educada, não nas minúcias da etiqueta, nas modas e formalidades do mundo, mas na ciência da piedade. ------------------------Capítulo 31 -- A Necessidade de Fazermos o Melhor CP 237 1 O Senhor tomou providências para que as mais nobres faculdades da mente fossem exercitadas para elevadas realizações. Em lugar disso, porém, o homem perverte essas faculdades, ativando-as a serviço dos interesses temporais, como se a realização das coisas terrenas fosse de suprema importância. Dessa maneira amesquinham-se as mais altas faculdades, ficando os homens inabilitados para os deveres da vida que sobre eles pesam. Se essas faculdades mentais não são cultivadas, deixam de agir com integridade, mesmo nas obrigações concernentes a esta vida. É o desígnio de Satanás que elas se amesquinhem e se tornem sensuais; não é, porém, a vontade de Deus que ninguém submeta a mente ao domínio do maligno. Nos empreendimentos intelectuais, como nos espirituais, Ele quer que Seus filhos façam progressos. ... CP 237 2 A suprema obra a nós confiada, foi o preparo para a vida eterna. Caso a realizemos segundo o desígnio de Deus, toda tentação poderá contribuir para o nosso progresso; pois, à medida que resistirmos às seduções, avançamos na vida divina. No calor da luta, agentes invisíveis nos serão postos ao lado, com ordens do Céu para nos ajudar nas pelejas; e na crise, ser-nos-ão comunicadas força, firmeza e energia, e teremos poder sobre-humano. CP 237 3 A menos, porém, que o agente humano ponha sua vontade em harmonia com a de Deus, a menos que ele abandone todo ídolo e vença toda má prática, não vencerá no conflito, mas será afinal vencido. Os que quiserem ser vitoriosos, precisam empenhar-se na luta com as forças invisíveis; a corrupção interior precisa ser vencida, e todo pensamento submetido a Cristo. CP 238 1 O Espírito Santo está sempre operando, buscando purificar, refinar e disciplinar o coração humano, a fim de que os homens se tornem aptos para a sociedade dos santos, e dos anjos. ... Como filhos de Deus, cumpre-nos fazer diligentes esforços para ser vitoriosos; e como estudantes que buscam honrar e glorificar a Deus, é nosso dever estudar, a fim de nos mostrar aprovados por Ele, obreiros que não têm de que se envergonhar. O Devido Emprego do Dom da Linguagem CP 238 2 O obreiro de Deus deve fazer sinceros esforços para tornar-se representante de Cristo, rejeitando toda gesticulação imprópria, toda linguagem grosseira. Deve esforçar-se por empregar linguagem correta. Há uma numerosa classe descuidosa em sua maneira de falar, mas mediante cuidadosa e paciente atenção, estes se poderão tornar representantes da verdade. Todos os dias deviam fazer progressos. Não deviam desmerecer sua utilidade e influência, nutrindo defeitos de maneiras, de entonações de voz ou linguagem. Expressões comuns, vulgares, precisam ser substituídas por palavras sãs e puras. Mediante contínua vigilância e diligente disciplina, o jovem cristão pode guardar a língua do mal e os lábios de falarem engano. CP 238 3 Convém cuidarmos em não pronunciar incorretamente as palavras. Existem entre nós homens que, em teoria, têm conhecimentos que os põem acima de uma linguagem incorreta, e que, todavia, na prática, cometem erros freqüentes. O Senhor quer que façamos o melhor possível, empregando sabiamente nossas faculdades e ocasiões. Ele dotou os homens de dons com que beneficiem e edifiquem a outros; é nosso dever educar-nos de tal modo que nos habilitemos para a grande obra a nós confiada. ... CP 239 1 Lendo ou recitando, a pronúncia deve ser clara. Tons nasais ou atitudes vulgares devem ser quanto antes corrigidos. Qualquer falta de clareza deve ser notada como deficiência. Muitos se têm permitido formar o hábito de falar incompleta e indistintamente, como se a língua lhes fosse demasiadamente grande para a boca. Esse hábito lhes tem prejudicado grandemente a utilidade. CP 239 2 Se as pessoas defeituosas na pronúncia se submeterem à crítica e à correção, poderão vencer esses defeitos. Devem exercitar-se com perseverança, falando em tom baixo, distinto, pondo em função os músculos abdominais em profunda respiração, e tornando a garganta o meio de comunicação. Muitos falam muito rapidamente, e em alto diapasão, fora do natural. Tal costume prejudicará a garganta e os pulmões. Em conseqüência do mau uso contínuo, os fracos e inflamados órgãos adoecem, podendo resultar em tuberculose. O Método de Cristo CP 239 3 Os pastores e os professores devem dar especial atenção ao cultivo da voz. Devem aprender a falar, sem nervosismo e precipitação, mas enunciando pausada, distinta e claramente, conservando a harmonia da voz. CP 240 1 A voz do Salvador era qual música aos ouvidos dos que se achavam habituados à pregação monótona e sem vida dos escribas e fariseus. Ele falava devagar e de modo impressivo, acentuando as palavras a que desejava que os ouvintes dessem especial atenção. Adultos e jovens, ignorantes e instruídos, podiam apreender-Lhe plenamente o sentido das palavras. Isso haveria sido impossível, falasse Ele de maneira apressada, precipitando sentença após sentença, sem uma pausa. O povo escutava-O com muita atenção, e diziam a Seu respeito que Ele não falava como os escribas e fariseus; pois Sua palavra era como a de alguém que tinha autoridade. ... CP 240 2 O modo de ensinar de Cristo era belo e atrativo, caracterizando-se sempre pela simplicidade. Desdobrava os mistérios do reino do Céu por meio de imagens e símbolos familiares aos ouvintes; e o povo comum O escutava de boa vontade, pois podiam entender-Lhe a palavra. Não havia expressões eruditas, para compreender as quais fosse necessário consultar o dicionário. CP 240 3 Jesus ilustrava as glórias do reino de Deus pelo emprego de experiências e incidentes da Terra. Possuído de compassivo amor e ternura, animava, confortava e instruía a todos que O ouviam; pois em Seus lábios fora a graça derramada, a fim de que pudesse transmitir aos homens, pela maneira mais atrativa, os tesouros da verdade. CP 240 4 Tal é o modo por que Ele quer que apresentemos a verdade aos outros. De grande valor é o poder da linguagem, e a voz deve ser cultivada para benefício daqueles com quem nos pomos em contato. Em Oração CP 241 1 Sinto-me penalizada ao ver quão pouco apreciado é o dom da linguagem. Na leitura da Bíblia, na oração, ao dar testemunhos nas reuniões, quão necessária é a dicção clara, distinta! E quanto se perde, no culto de família, quando o que faz a oração curva a cabeça e fala em voz baixa e fraca! Assim, porém, que o culto de família terminou, os que na oração não podiam falar alto bastante para se fazerem ouvir, falam em geral em tons claros, distintos, não havendo dificuldade em ouvir o que dizem. A oração feita assim, será apropriada para o aposento particular, mas não é edificante no culto familiar ou público; pois a menos que as pessoas reunidas ouçam o que se diz, não podem dizer "Amém". Quase todos são capazes de falar suficientemente alto para ser ouvidos na conversação comum, e por que não hão de falar do mesmo modo quando chamados a dar testemunho ou a fazer oração? CP 241 2 Quando falardes de coisas divinas, por que não usar tons distintos, e de maneira a manifestar que sabeis aquilo de que falais, e não vos envergonhais de mostrar a bandeira a que servis? Por que não orais como quem tem a consciência livre de ofensa, e se pode chegar ao trono da graça humildemente, não obstante com santa ousadia, erguendo mãos santas, sem ira nem contenda? Não vos curveis, cobrindo o rosto como se algo houvesse que desejais ocultar. Erguei, porém, os olhos para o santuário celeste, onde Cristo, vosso Mediador, Se acha perante o Pai para apresentar as vossas súplicas, de mistura com Seus próprios méritos e imaculada justiça, qual agradável incenso. Sois convidados a vir, pedir, buscar, bater; e é-vos dada a certeza de que não o fareis em vão. Jesus diz: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre" (Mt 7:7, 8). CP 242 1 Cristo ilustra a boa vontade de Deus para beneficiar, com a disposição de um pai para satisfazer ao pedido de um filho. Ele diz: "E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" (Lc 11:11-13). CP 242 2 Dirigimo-nos a Deus em nome de Jesus por um especial convite, e Ele nos acolhe em Sua câmara de audiência. À alma humilde e contrita, comunica Ele aquela fé em Cristo mediante a qual ela é justificada. Jesus desfaz, como a uma espessa nuvem, suas transgressões, e o coração confortado exclama: "Graças Te dou, ó Senhor, porque, ainda que Te iraste contra mim, a Tua ira se retirou, e Tu me consolaste" (Is 12:1). Tal pessoa compreenderá, pela própria experiência, as palavras de Paulo: "Com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação" (Rm 10:10). CP 242 3 O homem torna-se então um instrumento que Deus pode empregar para a realização de Seus desígnios. Ele representa Cristo, estendendo ao mundo Sua misericórdia e amor. Tem um testemunho que deseja que outros ouçam. Na linguagem do salmista, diz: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de Seus benefícios. É Ele que perdoa todas as tuas iniqüidades e sara todas as tuas enfermidades; quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de misericórdia" (Sl 103:1-4). Testemunhar em Favor de Cristo CP 243 1 Deus nos concedeu o dom da linguagem a fim de podermos contar aos outros Seu trato para conosco, para que Seu amor e compaixão possam tocar a outros corações, e de outras almas também ascendam louvores Àquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Disse o Senhor: "Vós sois as Minhas testemunhas" (Is 43:10). Mas todos quantos são chamados a ser testemunhas de Cristo precisam aprender dEle, a fim de ser testemunhas eficientes. Como filhos do celeste Rei, devem educar-se a dar testemunho em voz clara e distinta, e de tal maneira que ninguém tenha a impressão de que estão relutantes para contar as misericórdias do Senhor. CP 243 2 Nas reuniões sociais, a oração deve ser feita de maneira que todos sejam edificados; os que tomam parte nesse serviço, devem seguir o exemplo dado na bela oração do Senhor para o mundo. Essa oração é simples, clara, compreensiva, e todavia não é longa nem sem vida, como são por vezes as orações feitas em público. Orações assim, destituídas de vida, seria melhor que não fossem proferidas; pois são mera forma, sem poder vital, e deixam de beneficiar ou produzir edificação. CP 243 3 Escreve o apóstolo Paulo: "Da mesma sorte, se as coisas inanimadas que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, também vós, se com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar. CP 244 1 "Há, por exemplo, tanta espécie de vozes no mundo, e nenhuma delas é sem significado. Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim. Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para edificação da Igreja" (1Co 14:7-12). CP 244 2 Em todos os nossos cultos, devemos conduzir-nos de maneira a edificar os outros, trabalhando o quanto esteja ao nosso alcance para a perfeição da Igreja. "Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento. ... Doutra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto o Amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado. CP 244 3 "Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos. Todavia eu antes quero falar na Igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida" (1Co 14:13-19). CP 245 1 O princípio apresentado por Paulo com referência ao dom de línguas é igualmente aplicável ao uso da voz na reunião de oração ou social. Não queríamos que ninguém que seja deficiente a esse respeito deixasse de fazer oração em público, de dar testemunho do poder e do amor de Cristo. CP 245 2 Não escrevo estas coisas para vos induzir ao silêncio, pois já tem havido demasiado silêncio em nossas reuniões; mas escrevo a fim de que consagreis a voz Àquele que vos deu esse dom, e compreendais a necessidade de o cultivar de modo a edificar a Igreja pelo que dizeis. Se formastes o hábito de falar baixo e indistintamente, deveis considerá-lo um defeito, e fazer sinceros esforços para vencê-lo, de modo que vos seja possível honrar a Deus e edificar a Seus filhos. CP 245 3 Em nossas reuniões devocionais, nossa voz deve exprimir por oração e louvor a nossa adoração ao Pai celeste; para que todos compreendam que adoramos a Deus em simplicidade e verdade, e na beleza da santidade. Precioso é, na verdade, neste mundo de pecado e ignorância, o dom da palavra, a melodia da voz humana quando consagrada ao louvor dAquele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós. Consagração da Voz CP 245 4 O dom da linguagem tem sido grandemente maltratado e vastamente pervertido em seus desígnios. Que os que professam, porém, ser filhos do celeste Rei, despertem para sua responsabilidade, aproveitando ao máximo este talento! Que ninguém diga: "Não me adianta procurar orar; pois os outros não me ouvem." Diga antes: "Farei sinceros esforços por vencer esse hábito desonroso para Deus, de falar em tom baixo e indistinto. Pôr-me-ei sob disciplina até que minha voz seja audível, mesmo para os que são de ouvido pesado." CP 246 1 Seja a voz dos seguidores de Cristo exercitada de tal maneira que, em vez de amontoar palavras de modo ininteligível e indistinto, sua enunciação seja clara, forte e edificante. Não deixes cair a voz depois de cada palavra, mas mantende-a alta, para que cada sentença seja plena e completa. Não valerá a pena vos disciplinardes, uma vez que, assim fazendo, podereis acrescentar interesse ao culto de Deus, e edificar Seus filhos? A voz de ações de graças, de louvor e regozijo é ouvida no Céu. As vozes dos anjos no Céu unem-se com a dos filhos de Deus na Terra, ao renderem eles honra, glória e louvor a Deus e ao Cordeiro, pela grande salvação provida. CP 246 2 Que cada um procure fazer o melhor que lhe seja possível. Que os que se alistaram sob a bandeira do Príncipe Emanuel cresçam diariamente em graça e eficiência. Que os mestres em nossas instituições se esforcem por preparar de tal modo os estudantes, em todos os ramos da educação, que eles saiam devidamente disciplinados para beneficiar a humanidade e glorificar a Deus. CP 246 3 É essencial que os alunos sejam exercitados em ler em tom claro e distinto. Tem-nos penalizado, ao assistirmos a reuniões das associações, de publicações e outras reuniões, onde se liam os relatórios em voz quase inaudível, hesitante ou de maneira confusa. Metade do interesse de uma reunião é morta quando os participantes fazem sua parte com indiferença, sem vida. Eles devem aprender a falar de maneira a edificar os que escutam. Que todos quantos estão ligados à obra missionária se habilitem a falar com clareza, de modo atrativo, enunciando perfeitamente as palavras. CP 247 1 O devido emprego dos órgãos vocais traz benefício à saúde física, ao mesmo tempo que acrescenta a utilidade e influência da pessoa. É em razão de adquirir maus hábitos no falar, que nos tornamos leitores ou oradores enfadonhos. Aqueles, porém, que são considerados bastante inteligentes para se tornarem obreiros missionários ou em ramos comerciais, devem ser também suficientemente inteligentes para reformar seu modo de falar. Por meio de conveniente exercício, é-lhes possível expandir o peito e robustecer os músculos. Atendendo às devidas instruções, seguindo os princípios da saúde quanto à dilatação dos pulmões e à cultura da voz, nossos rapazes e moças se podem tornar oradores capazes de se fazer ouvir; e o exercício necessário para conseguir isso prolongará a vida. CP 247 2 Os que adquirem idéias corretas no que respeita à cultura da voz, verão a necessidade de educar-se e exercitar-se a si mesmos a fim de glorificarem a Deus e beneficiarem aos outros. Terão de submeter-se a professores pacientes e capazes, aprendendo a ler de modo a conservar a harmonia da voz. Visando unicamente à glória de Deus, farão o máximo com suas aptidões naturais. Governando as próprias faculdades, não serão estorvados por defeitos de linguagem, acrescentando a própria utilidade na causa de Deus. ------------------------Capítulo 32 -- Mais Profunda Consagração CP 248 1 Os mestres empregados em nossas escolas devem achar-se relacionados com Deus por conhecimento adquirido na própria experiência. Devem conhecê-Lo porque obedecem a todos os mandamentos dados por Ele. Jeová gravou Seus Dez Mandamentos em tábuas de pedra, a fim de que todos os habitantes da Terra entendessem Seu eterno e imutável caráter. Os professores que desejam progredir em conhecimento e aptidão precisam apegar-se a essas maravilhosas revelações de Deus. Só, porém, à medida que a mente e o coração forem postos em harmonia com Deus, é que eles compreenderão as reivindicações divinas. CP 248 2 Ninguém precisa preocupar-se com as coisas que o Senhor não nos revelou. Nos dias atuais, são comuns as especulações, mas Deus declara: "As coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus" (Dt 29:29). A voz que falou a Israel do Sinai, está falando nestes últimos dias a homens e mulheres, dizendo: "Não terás outros deuses diante de Mim" (Êx 20:3). A lei de Deus foi escrita com Seu próprio dedo em tábuas de pedra, assim mostrando que ela não podia nunca ser mudada ou anulada. Deve ser conservada através dos séculos da eternidade tão imutável como os princípios de Seu governo. Os homens assentaram a própria vontade contra a vontade de Deus, mas isso não Lhe pode silenciar as palavras de sabedoria e de ordem, embora eles ponham suas teorias especulativas em oposição aos ensinos da revelação, e exaltem a sabedoria humana acima de um claro "Assim diz o Senhor". CP 249 1 Deve ser a decisão de toda alma não tanto buscar compreender tudo quanto às condições reinantes no futuro estado, como conhecer o que o Senhor requer nesta vida. É a vontade de Deus que todo professo cristão aperfeiçoe o caráter segundo a semelhança divina. Estudando o caráter de Cristo, revelado na Bíblia, praticando-Lhe as virtudes, o crente será transformado à mesma semelhança de bondade e misericórdia. A obra de abnegação e sacrifício exemplificada em Cristo, quando introduzida na vida diária, desenvolverá a fé que opera por amor e purifica a alma. Muitos há que se desejam eximir à parte que concerne ao carregar a cruz, mas o Senhor fala a todos, quando diz: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me" (Mt 16:24). CP 249 2 Uma grande obra se há de realizar pela apresentação das salvadoras verdades da Bíblia. Este é o meio ordenado por Deus para combater a onda de corrupção moral na Terra. Cristo deu a vida a fim de tornar possível ao homem o ser restaurado à imagem de Deus. É o poder de Sua oração que une os homens na obediência da verdade. Os que desejarem experimentar mais da santificação da verdade na própria vida devem apresentá-la aos que a ignoram. Eles jamais encontrarão obra mais própria para elevar e enobrecer. O Professor, um Evangelista CP 249 3 A obra de educar nossa juventude, segundo nos é delineada nas instruções dadas por Deus, deve ser mantida como sagrada. Cumpre-nos escolher como professores os que sejam capazes de educar na justa orientação. Disse meu Instrutor: "Não sejam escolhidos para educar e preparar as crianças e os jovens, professores que não mantenham a simplicidade dos métodos de Cristo. Seus ensinos encerram a própria essência da simplicidade santificada." CP 250 1 Os que apresentam os assuntos aos estudantes sob aspecto incerto não estão habilitados para a obra do ensino. Homem algum é idôneo para essa obra, a menos que aprenda diariamente a falar as palavras do Mestre enviado por Deus. Agora é o tempo de semear a semente evangélica. A semente a lançarmos deve ser a que haja de produzir os mais preciosos frutos. Não nos resta tempo a perder. A obra de nossas escolas deve tornar-se mais e mais semelhante, no caráter, à obra de Cristo. Unicamente o poder da graça de Deus operando no coração e na mente humana tornará e conservará pura a atmosfera de nossas escolas e igrejas. CP 250 2 Tem havido em nossas escolas professores que estariam bem em uma instituição mundana de ensino, mas não são aptos para a educação de nossos jovens, porquanto são ignorantes das verdades do evangelho de Cristo. São incapazes de introduzir em seus trabalhos a simplicidade de Cristo. Deve ser a obra de todo professor salientar as verdades que nos levariam a sair e tomar perante o mundo posição como um povo peculiar, verdades que são suficientes para nos manter em harmonia com as leis do Céu. Nas mensagens a nós enviadas de quando em quando, temos verdades que efetuarão maravilhosa obra de reforma em nosso caráter, uma vez que lhes demos lugar. Preparar-nos-ão para a entrada na cidade de Deus. É nosso privilégio fazer contínuos progressos para um mais alto grau de vida cristã. Loma Linda CP 251 1 Certa noite fui despertada e instruída a escrever um testemunho específico quanto à obra de nossa escola em Loma Linda. Uma obra sagrada e solene devia ser realizada por aquela escola. Os ensinos da reforma de saúde deviam ser salientados clara e inteligentemente, para que todos os jovens que ali assistiam aprendessem a praticá-los. Todos os nossos educadores devem ser estritos reformadores da saúde. CP 251 2 O Senhor deseja que saiam de nossas escolas genuínos missionários a servir de pioneiros. Devem ser inteiramente consagrados à obra, como cooperadores de Deus, ampliando dia a dia sua esfera de utilidade. A influência de um consagrado professor médico-missionário em nossas escolas é de incalculável valor. CP 251 3 Precisamos converter-nos de nossa vida imperfeita à fé do evangelho. Os seguidores de Cristo não necessitam procurar brilhar. Se contemplarem continuamente a vida de Cristo, serão transformados na mente e no coração, à mesma imagem. Então hão de brilhar sem qualquer tentativa superficial. O Senhor não requer nenhuma exibição de bondade. Na dádiva de Seu Filho, tomou providências para que nossa vida interior seja imbuída dos princípios do Céu. É o apoderar-nos dessa providência que levará à manifestação de Cristo perante o mundo. Quando o povo de Deus experimenta o novo nascimento, sua honestidade, retidão, fidelidade e firmeza de princípios serão infalivelmente reveladas. CP 251 4 Oh! que palavras me foram dirigidas! Que suavidade era recomendada através da graça abundantemente concedida! A maior manifestação que homens e mulheres podem fazer, da graça e do poder de Cristo, tem lugar quando o homem natural se torna participante da natureza divina e, mediante o poder comunicado pela graça de Cristo, vence a corrupção que, pela concupiscência, há no mundo. 17 de maio de 1908. CP 252 1 A cada professor é facultada a obtenção de uma cabal experiência. Os estudos que fazeis, ou fortalecerão vossa fé e confiança em Deus, e vos ensinarão a trabalhar servindo-Lhe de mão ajudadora, ou vos levarão a uma condição pior do que aquela em que vos encontráveis anteriormente. Os que exercitam os princípios dados pelo Senhor encontrar-se-ão em posição vantajosa. As misericórdias e bênção do Céu lhes penetrarão a vida, habilitando-os a cumprir a vontade de Deus. CP 252 2 Ensinai os simples princípios da Palavra de Deus, tornando a Bíblia o fundamento do estudo. A educação na verdade superior é a que se recebe aos pés de Jesus, e dEle aprendendo. Que a edificação de vosso caráter seja segundo o modelo revelado ao homem na vida de Cristo. CP 252 3 Em toda a vossa obra, cumpre-vos fazer como o lavrador ao trabalhar pelos frutos da terra. Na aparência, ele desperdiça a semente, enterrando-a no solo; no entanto, ela vem a germinar. O poder do Deus vivo comunica-lhe vida e vitalidade, e eis que aparece "primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga" (Mc 4:28). Estudai este maravilhoso processo. Oh! há tanto a aprender, tanto a compreender! Se desenvolvermos a mente ao máximo de nossa capacidade, havemos de continuar, através da eternidade, a estudar os caminhos e obras de Deus, e conhecer mais e mais a Seu respeito. ------------------------Capítulo 33 -- A Importância da Simplicidade CP 253 1 Aos Mestres de Berrien Springs: Tenho ardente desejo de que aprendais cada dia do grande Mestre. Se vos achegardes primeiro a Deus, e depois aos vossos discípulos, podereis realizar um trabalho muito precioso. Se fordes diligentes e humildes, Deus vos dará dia a dia o conhecimento e a aptidão para ensinar. Fazei quanto vos for possível a fim de comunicar a outros as bênçãos que ele vos tem dado. CP 253 2 Tendo profundo e fervoroso interesse de ajudar os alunos, levai-os a percorrer convosco o campo do conhecimento. Aproximai-vos deles o quanto possível. A menos que os professores possuam o amor e a suavidade de Cristo a encher-lhes o coração, manifestarão demasiado do espírito áspero e imperioso do mestre-escola. "Conservai a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. E apiedai-vos de alguns que estão duvidosos; e salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne" (Jd 21-23). CP 253 3 O Senhor deseja que aprendais a usar a rede do evangelho. Muitos necessitam aprender essa arte. Para serdes bem-sucedidos em vossa obra, as malhas de vossa rede - a aplicação das Escrituras - devem ser finas, e o sentido facilmente compreensível. Então ponde especial cuidado no recolher a rede. Ide direto ao ponto. Fazei com que as ilustrações falem por si mesmas. Por maior que seja o conhecimento de um homem, torna-se de nenhum valor, a não ser que ele o saiba comunicar aos outros. Que a emoção de vossa voz, seu profundo sentir, produza sua impressão nos corações. Animai vossos alunos a se entregarem a Deus. CP 254 1 Mestres, lembrai-vos de que Deus é a vossa força. Lutai por transmitir aos estudantes ideais que lhes sejam um cheiro de vida para vida. Ensinai por meio de ilustrações. Pedi a Deus que vos dê palavras que todos possam compreender. CP 254 2 Certa vez uma meninazinha perguntou-me: "A senhora vai falar esta tarde?" "Não, esta tarde não", respondi. "Que pena!" disse ela. "Pensei que a senhora ia falar, e pedi a várias de minhas companheiras que viessem. Por favor, peça ao pastor que fale em palavras fáceis, que possamos compreender. Diga-lhe, por favor, que nós não compreendemos palavras compridas, como 'justificação' e 'santificação'. Não sabemos o que essas palavras querem dizer." CP 254 3 A queixa da meninazinha encerra uma lição digna de ser considerada por professores e pastores. Não haverá muitos que bem fariam em dar ouvidos ao pedido: "Fale em palavras fáceis, para que possamos saber o que o senhor quer dizer"? CP 254 4 Tornai claras as vossas explanações; pois sei que muitos há que não compreendem muitas das coisas que se lhes dizem. Que o Espírito Santo molde e afeiçoe vosso discurso, purificando-o de toda impureza. Falai como a crianças, lembrando-vos de que há muitos bem avançados em anos, que não passam de crianças no entendimento. CP 254 5 Por meio de fervorosa oração e diligente esforço havemos de obter aptidão para falar. Esta aptidão inclui a pronúncia clara de cada sílaba, pondo a acentuação nos lugares que a requerem. Falai devagar. Muitos o fazem rapidamente, amontoando com precipitação as palavras umas sobre as outras, de modo que fica perdido o efeito do que dizem. Ponde no que dizeis o espírito e a vida de Cristo. CP 255 1 Em certa ocasião, estando o célebre ator Betterton a jantar com o Dr. Sheldon, arcebispo de Cantuária, este lhe disse: "Faça o obséquio de dizer-me, Sr. Betterton, por que é que os atores afetam tão poderosamente o auditório, falando-lhes de coisas imaginárias?" "Senhor", respondeu Betterton, "com a devida submissão a vossa Graça, permita que lhe diga que a razão é clara: tudo consiste no poder do entusiasmo. Nós, no palco, falamos de coisas imaginárias como se elas fossem reais; e vós, no púlpito, falais de coisas reais como se fossem imaginárias." CP 255 2 "Apascenta os Meus cordeiros"; "apascenta as Minhas ovelhas", foi a missão dada a Pedro. João 21:15, 16. "Tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc 22:32). Aos que ouvem, o evangelho se torna o poder de Deus para salvação. Apresentai o evangelho em sua simplicidade. Segui o exemplo de Cristo, e tereis a recompensa de ver vossos discípulos ganhos para Ele. Sanatório, Califórnia, 6 de julho de 1902. CP 255 3 Nosso povo está sendo agora provado a ver se obtém a sabedoria do maior Mestre que o mundo já viu, ou do deus de Ecrom. Resolvamos não nos prender, nem por um fio que seja, aos métodos educativos dos que não distinguem a voz de Deus, e não dão ouvidos aos Seus mandamentos. ------------------------Capítulo 34 -- Uma Advertência CP 256 1 "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado" (1Co 9:24-27). CP 256 2 Apresento constantemente a necessidade de todo homem fazer o máximo que lhe é possível como cristão, de educar-se a si mesmo para conseguir o crescimento, a expansão mental e a nobreza de caráter que cada um tem a possibilidade de atingir. Em tudo quanto fazemos, cumpre-nos manter uns para com os outros relação cristã. Devemos empregar toda força espiritual para a realização de sábios planos, em diligente ação. Os dons de Deus devem ser usados para a salvação de almas. Nossas relações uns com os outros não devem ser regidas pelas normas humanas, mas pelo amor divino, o amor expresso no dom de Deus ao mundo. CP 256 3 O homem que ocupa posição de responsabilidade em qualquer de nossas escolas deverá ter o máximo de cautela com suas palavras e atos. Jamais deve permitir a mínima semelhança de familiaridade em suas relações com os estudantes, como por exemplo, o pôr a mão no braço ou no ombro de uma aluna. Em caso algum deve ele dar a impressão de que a familiaridade e a vulgaridade sejam coisas permissíveis. Nem com os lábios, nem com as mãos, deve ele exprimir coisa alguma de que qualquer um se pudesse prevalecer. CP 257 1 No passado, nem todos os nossos professores foram isentos de culpa, e fiéis e firmes a esse respeito. Eles precisam ver as coisas por um aspecto inteiramente diverso quanto às relações que devem existir entre o professor e o aluno. A vida e o caráter devem ser preservados de toda mancha do mal. Toda paixão profana deve ser mantida sob o controle da santificada razão, por meio da graça abundantemente concedida por Deus. CP 257 2 Vivemos em uma atmosfera de satânico encantamento. O inimigo tecerá uma fascinação de licenciosidade em torno de toda alma que não se ache entrincheirada na graça de Cristo. Tentações virão; se vigiarmos contra o inimigo, porém, e mantivermos o equilíbrio do domínio próprio e pureza, os espíritos sedutores não exercerão influência sobre nós. Os que nada fazem para animar a tentação terão forças para resistir-lhe quando ela vier. Aqueles, porém, que se mantêm na atmosfera do mal só terão que se censurar a si mesmos, caso sejam vencidos e caiam de sua firmeza. Hão de ver-se, futuramente, boas razões para as advertências dadas contra os espíritos sedutores. Então, o poder das palavras de Cristo será visto: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos Céus" (Mt 5:48). CP 257 3 Precisamos ser guiados pela genuína teologia e o bom senso. Nossa alma necessita estar rodeada pela atmosfera do Céu. Homens e mulheres devem vigiar a si mesmos; estar de contínuo em guarda, não permitindo palavra ou ação que dê margem a alguém censurar suas boas intenções. O que professa ser seguidor de Cristo tem de vigiar a si mesmo, conservando-se puro e incontaminado em pensamento, palavra e ação. Sua influência sobre os outros deve ser de molde a elevar. Sua vida deve refletir os brilhantes raios do Sol da Justiça. CP 258 1 Necessário é passar-se muito tempo em oração particular, em íntima comunhão com Deus. Unicamente assim se podem obter vitórias. Eterna vigilância, eis o preço da segurança. CP 258 2 O concerto do Senhor é com Seus santos. Cada um deve discernir os próprios pontos fracos de caráter, guardando-se contra eles com vigor. Os que foram sepultados com Cristo no batismo, sendo ressuscitados com Ele na semelhança de Sua ressurreição, comprometeram-se a viver em novidade de vida. "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da Terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então, também vós vos manifestareis com Ele em glória" (Cl 3:1-4). CP 258 3 O jovem cristão deve ser exercitado em se desempenhar de responsabilidades com coração valoroso e mão voluntária. Deve aprender a enfrentar as provas da vida com paciência e fortaleza, a seguir máximas de valor, e a confirmar-se em hábitos que o habilitem a ganhar a coroa do vencedor. Não há época mais favorável em que reconhecer o poder da graça salvadora de Cristo e ser regido pelos princípios da lei divina. CP 258 4 Onde quer que, pela Sua providência, Deus vos haja colocado, há de manter-vos. "A tua força será como os teus dias" (Dt 33:25). ------------------------Capítulo 35 -- O Grande Mestre CP 259 1 Cristo foi o maior Mestre que este mundo já conheceu. Veio à Terra a fim de difundir os refulgentes raios da verdade, para que os homens se pudessem habilitar para o Céu. "Para isso vim ao mundo", declarou Ele, "a fim de dar testemunho da verdade" (Jo 18:37). Veio para revelar o caráter do Pai, para que os homens fossem levados a adorá-Lo em espírito e verdade. CP 259 2 A necessidade do homem quanto a um mestre divino, era reconhecida no Céu. A piedade e terna compaixão de Deus foi despertada para com os seres humanos, caídos e presos ao carro de Satanás; e, ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus Seu Filho. Aquele que fora designado no conselho celeste veio à Terra como instrutor do homem. Pela grande generosidade de Deus foi Ele dado ao mundo; e, a fim de satisfazer às necessidades da natureza humana, tomou Ele sobre Si a humanidade. Para assombro dos seres celestes, veio o Verbo eterno a este mundo como impotente nenê. Plenamente preparado, deixou as cortes reais, aliando-Se misteriosamente com os caídos seres humanos. "O Verbo Se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1:14). CP 259 3 Ao deixar Cristo Seu alto posto de comando, poderia haver tomado na vida qualquer posição que escolhesse. Mas a grandeza e a posição nada eram para Ele, e preferiu a mais humilde condição de vida. Nenhum luxo, comodidade ou satisfação própria entrou em Sua existência. A verdade de origem celeste, eis o que Lhe devia servir de tema; devia semear o mundo com a verdade; e viveu de maneira que todos a Ele tivessem acesso. CP 260 1 Não é de admirar que durante a infância Cristo crescesse em sabedoria e graça para com Deus e os homens, pois estava em harmonia com as leis divinamente estabelecidas; que Seus talentos se desenvolvessem e se Lhe robustecessem as faculdades. Ele não buscou educação nas escolas dos rabis; pois era Deus o Seu instrutor. À medida que avançava em anos, continuava crescendo em sabedoria. Aplicava-Se diligentemente ao estudo das Escrituras; pois sabia que elas se achavam repletas de valiosas instruções. Era fiel no desempenho dos deveres domésticos; e as primeiras horas da manhã, em vez de serem passadas na cama, achavam-nO muitas vezes em algum lugar isolado, examinando as Escrituras e orando ao celeste Pai. CP 260 2 Eram-Lhe familiares todas as profecias referentes à Sua obra e mediação, em especial as que diziam respeito à Sua humilhação, expiação e intercessão. O objetivo de Sua vida na Terra estava sempre diante dEle, e regozijava-Se em pensar que o bom propósito do Senhor prosperaria em Sua mão. CP 260 3 Diz-se acerca do ensino de Cristo: "A grande multidão O ouvia de boa vontade" (Mc 12:37). "Nunca homem algum falou assim como este homem" (Jo 7:46), declararam os servidores enviados para O prender. Suas palavras confortavam, fortaleciam e beneficiavam os que anelavam a paz que só Ele podia dar. Havia em Suas palavras algo que elevava os ouvintes a um nível superior de idéias e ações. Fossem essas palavras, em vez de as palavras dos homens, dadas hoje aos estudantes, e veríamos indícios de mais inteligência, mais clara compreensão das coisas celestes, mais profundo conhecimento de Deus, mais pura e vigorosa vida cristã. CP 261 1 As ilustrações empregadas por Cristo eram tiradas das coisas da vida diária e, conquanto fossem simples, encerravam admirável profundeza de significação. As aves do céu, os lírios do campo, a semente a brotar, o pastor e as ovelhas - com estas coisas exemplificava Cristo a verdade imortal. E sempre, dali em diante, ao acontecer que os ouvintes vissem esses objetos, recordavam-Lhe as palavras. Assim a verdade se tornava viva realidade; as cenas da natureza e as ocupações diárias da vida repetiam-lhes sempre os ensinos do Salvador. CP 261 2 Cristo servia-Se sempre de linguagem simples, todavia Suas palavras provavam o conhecimento dos profundos pensadores, destituídos de preconceitos. Sua maneira de ensinar deve ser seguida pelos mestres atuais. As verdades espirituais devem ser sempre apresentadas em linguagem simples, para que sejam compreendidas e encontrem guarida no coração. Assim Se dirigia Cristo às multidões que se apinhavam e comprimiam ao Seu redor; e todos, letrados e ignorantes, eram capazes de compreender Suas lições. CP 261 3 Em toda escola, as instruções dadas devem ser de tão fácil compreensão como as que eram ministradas por Cristo. O emprego de palavras difíceis confunde a mente e obscurece a beleza do pensamento apresentado. Há necessidade de professores que se aproximem bem dos alunos, e ofereçam instruções claras e definidas, ilustrando as coisas espirituais com as coisas da natureza e com os acontecimentos familiares do viver diário. CP 261 4 A Bíblia nos revela Cristo como o Bom Pastor, buscando infatigavelmente a ovelha perdida. Por métodos a Ele peculiares, ajudava a todos quantos se achavam em necessidade de auxílio. Com terna graça, cheio de cortesia, Ele atendia às almas enfermas, comunicando-lhes cura e força. A simplicidade e a sinceridade com que Se dirigia aos que se achavam em necessidade santificavam cada palavra. Proclamava Sua mensagem da encosta do monte, do barco dos pescadores, no deserto e nas grandes estradas de comunicação. Onde quer que encontrasse pessoas dispostas a ouvir, Ele estava pronto a abrir-lhes o tesouro da verdade. Assistia às festas anuais da nação judaica, e às multidões absorvidas nas cerimônias exteriores falava de coisas celestiais, pondo-lhes a eternidade diante dos olhos. CP 262 1 Toda a vida do Salvador caracterizou-se pela desinteressada beneficência e a beleza da santidade. É Ele nosso modelo de bondade. Desde o princípio de Seu ministério, começaram os homens a compreender mais claramente o caráter de Deus. Ele realizava na própria vida o que ensinava. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e compassividade sem sentimentalismo. Era altamente sociável, possuía no entanto uma reserva que desanimava qualquer familiaridade. Sua temperança nunca descambava para o fanatismo ou a austeridade. Não Se conformava com o mundo, e todavia estava atento às necessidades dos mais humildes entre os homens. CP 262 2 "Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força?" (Is 63:1). Segura, vem a resposta: "Sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que Se manifestou em carne foi justificado em Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória" (1Tm 3:16). "Sendo em forma de Deus", Ele "não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou soberanamente e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos Céus, e na Terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2:6-11). CP 263 1 Os professores só poderão adquirir eficiência e poder trabalhando como Cristo trabalhava. Quando Ele for na vida desses professores a mais poderosa influência, eles serão bem-sucedidos em seus esforços. Elevar-se-ão a alturas que ainda não atingiram. Avaliarão a santidade da obra que lhes é confiada e, cheios do Seu Espírito, serão animados pelo mesmo desejo de salvar pecadores que O animava a Ele. E por meio da vida de consagração e devoção que levam, seus discípulos serão conduzidos aos pés do Salvador. CP 263 2 Os estudantes não se podem permitir esperar até que sua educação seja considerada completa, para empregar em benefício dos outros aquilo que receberam. Sem isso, por mais que estudem, por mais conhecimentos que adquiram, será incompleta sua educação. ------------------------Capítulo 36 -- A Disciplina Cristã CP 264 1 O lidar com a mente humana é a mais delicada tarefa que já se haja confiado a mortais, e os professores necessitam constantemente do auxílio do Espírito de Deus, a fim de executarem devidamente sua obra. Entre os jovens que freqüentam a escola, encontrar-se-á grande variedade de caracteres e educação. O professor terá de enfrentar impulso, impaciência, orgulho, egoísmo e indevida presunção. Alguns dos jovens viveram em ambiente de restrição e aspereza arbitrários, o que lhes desenvolveu o espírito de obstinação e desconfiança. Outros foram mimados, sendo-lhes permitido, por pais excessivamente amorosos, que seguissem as próprias inclinações. Têm-se desculpado os defeitos até que o caráter ficou deformado. CP 264 2 Para lidar com êxito com essas diferentes mentalidades, o professor necessita exercer grande tato e delicadeza na direção, ao mesmo tempo que firmeza no governo. Manifestar-se-ão muitas vezes desgosto e mesmo desdém para com os devidos regulamentos. Alguns porão em campo sua habilidade para esquivar-se aos castigos, enquanto outros exibirão indiferença e pouco caso para com as conseqüências da transgressão. Tudo isso exigirá paciência, domínio e sabedoria por parte daqueles a quem foi confiada a educação dos jovens. A Parte do Estudante CP 264 3 Nossas escolas foram estabelecidas para que aí os jovens aprendam a obedecer a Deus e à Sua lei, e se habilitem para o serviço. São necessárias regras para a conduta dos que freqüentam a escola, e aos alunos cumpre agir em harmonia com esses regulamentos. Nenhum aluno deve pensar que, por lhe haver sido permitido dominar em casa, pode fazer o mesmo na escola. Suponhamos que isso fosse admitido; como poderiam os jovens ser preparados para serem missionários? Todo aluno que entra para uma de nossas escolas, deve submeter-se à disciplina. Os que se recusam a obedecer aos regulamentos, devem voltar para casa. CP 265 1 Os professores devem prender os discípulos ao próprio coração por laços de amor e bondade e estrita disciplina. O amor e a bondade nada valem a menos que estejam ligados com a disciplina que Deus disse dever ser mantida. Os estudantes vão para a escola a fim de serem disciplinados para o serviço, preparados para empregar da melhor maneira possível as suas faculdades. Se, ao chegarem, decidem cooperar com os professores, o estudo lhes será de muito maior valor do que se entregarem-se à inclinação de serem rebeldes e desenfreados. Dediquem eles aos mestres sua simpatia e cooperação. Apóiem-se firmemente ao braço do poder divino, assentando não se desviar do caminho do dever. Refreiem os maus hábitos e exerçam toda a sua influência para o lado do direito. Lembrem-se de que o êxito da escola depende de sua consagração e santificação, da santa influência que eles se disponham a exercer. Ponham bem alto a mira, determinando-se a alcançá-la. Quando solicitados a ir de encontro às regras da escola, respondam com um decidido - Não. A Parte do Professor CP 265 2 E todo professor tem seus maus traços de caráter a vigiar. Não seja que o inimigo o empregue como instrumento para destruir as almas. A segurança do professor reside em aprender diariamente na escola de Cristo. O que aprende nessa escola, esconderá em Jesus o próprio eu, e se lembrará de que, lidando com seus alunos, está a lidar com uma herança adquirida a preço de sangue. Nessa escola, aprenderá a ser paciente, humilde, generoso e nobre. A mão modeladora de Deus imprimirá no caráter a imagem divina. CP 266 1 Sejam os métodos de Cristo seguidos no trato para com os que cometem erros. Ações imprudentes e a manifestação de indevida severidade por parte do professor poderão lançar o aluno no campo de batalha de Satanás. Há pródigos que foram conservados fora do reino de Deus em virtude da falta de espírito cristão dos que professavam o Cristianismo. "Qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em Mim", disse Cristo, "melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar" (Mt 18:6). Seria melhor não existir do que viver dia a dia vazio daquele amor que Cristo preceituou aos Seus filhos. CP 266 2 Uma natureza semelhante à de Cristo não é egoísta, destituída de bondoso interesse nem fria. Ela compreende os sentimentos dos tentados, e ajuda o que caiu a fazer da provação como que um degrau para coisas mais altas. O mestre cristão orará pelo aluno em falta e com ele, mas com ele não se zangará. Não falará asperamente ao malfeitor, desanimando assim uma alma em luta com os poderes das trevas. Elevará a Deus o coração em busca de auxílio; e anjos virão para o seu lado a fim de ajudá-lo a alçar a bandeira contra o inimigo; assim, em vez de pôr o errante além da possibilidade de ser auxiliado, será habilitado a ganhar uma alma para Cristo. Divulgar o Malfeito CP 267 1 Grande cuidado se deverá tomar quanto a tornar públicos os erros dos alunos. Propagar o malfeito é, em todos os aspectos, prejudicial ao faltoso; e não traz nenhuma influência benéfica para a escola. Nunca é proveitoso a um aluno ser humilhado perante seus colegas. Isso não cura nada, não remedeia nada, antes faz uma ferida que só traz mortificação. CP 267 2 O amor longânimo e benigno, não exagerará uma indiscrição às proporções de ofensa imperdoável, nem fará cavalo de batalha de outras faltas. As Escrituras ensinam claramente que os errantes devem ser tratados com brandura e consideração. Seguindo-se a devida maneira de proceder, talvez o coração aparentemente endurecido seja ganho para Cristo. O amor de Jesus cobre uma multidão de pecados. Sua graça não leva nunca à exposição dos maus feitos de outro, a não ser que haja disso positiva necessidade. CP 267 3 Vivemos em um mundo duro, insensível e destituído de caridade. Satanás e seus anjos estão empregando todos os meios ao seu alcance para destruir as almas. O professor fará aos seus alunos um bem proporcional à fé que neles tem. E lembre-se o professor de que os mais desafortunados e os dotados de temperamento desagradável - rudes, obstinados, maus - são os que mais necessitam de amor e compaixão. Os que mais provam nossa paciência são os mais necessitados de nosso amor. CP 267 4 Não passaremos por este mundo senão uma vez. Todo bem que nos for dado fazer, devemos fazer sincera e infatigavelmente, naquele espírito que Cristo pôs em Sua obra. Como podem alunos grandemente necessitados de auxílio ser animados a avançar na devida direção? Unicamente tratando-os com o amor revelado por Cristo. Talvez digais que os devemos tratar como merecem. Que seria se Cristo nos tratasse assim? Ele, o Inocente, foi tratado como merecíamos, para que nós, caídos e pecaminosos, pudéssemos receber o tratamento merecido por Ele. Mestres, tratai vossos alunos menos promissores, pela maneira de que os julgais realmente merecedores, e os tornareis casos desesperados, estragando ao mesmo tempo vossa própria influência. Isso vale a pena? Não, cem vezes não. Uni aquele que necessita de vossa ajuda ao coração pelos laços do amor e do compassivo interesse, e salvareis da morte uma alma, e cobrireis uma multidão de pecados. A Expulsão de Alunos CP 268 1 Grande cuidado se deve exercer no que respeita à expulsão de alunos. Há ocasiões em que é preciso se fazer isso. É dolorosa a tarefa de separar da escola a pessoa que instiga os outros à desobediência e à deslealdade; por amor dos outros alunos, porém, isso se torna por vezes necessário. Deus viu que, não fosse Satanás expulso do Céu, os anjos celestes se achariam em constante perigo. Quando mestres tementes a Deus vêem que conservar um aluno importa em expor outros às más influências, devem afastá-lo da escola. Grave, todavia, deverá ser a falta que exija tal disciplina. CP 268 2 Quando em conseqüência da transgressão, Adão e Eva se viram privados de toda esperança, quando a justiça exigia a morte do pecador, Cristo Se deu a Si mesmo em sacrifício. "Nisto está a caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados." I João 4:10. "Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53:6). CP 269 1 No trato com os alunos, devem os professores manifestar o amor de Cristo. Sem esse amor, serão ríspidos e autoritários, afugentando as almas do rebanho. Devem ser homens do momento, sempre em guarda contra o próprio eu, e aproveitando toda oportunidade para fazer bem aos que se acham sob seu cuidado. Lembrem-se de que cada uma de nossas escolas deve ser um lugar de refúgio para a rudemente tentada juventude, no qual suas tolices sejam tratadas sábia e pacientemente. CP 269 2 Os mestres e os alunos se devem unir intimamente em camaradagem cristã. Os jovens cometerão muitos erros, e o professor nunca se deve esquecer de mostrar-se compassivo e cortês. Nunca deve procurar manifestar sua superioridade. Os maiores dos mestres são os mais pacientes e bondosos. Por sua simplicidade e boa vontade de aprender, estimulam os alunos a subir mais e mais alto. CP 269 3 Lembrem-se os professores das próprias faltas e erros, e esforcem-se diligentemente para ser aquilo que desejam venham os alunos a tornar-se. Em seu trato com os jovens, sejam eles sábios e clementes. Não esqueçam que esses jovens necessitam de palavras sãs e animadoras, bem como de atos de molde a auxiliá-los. Mestres, tratai vossos alunos como filhos de Cristo, a quem Ele quer que ajudeis em qualquer ocasião de necessidade. Tornai-os vossos amigos. Dai-lhes demonstrações práticas de vosso abnegado interesse por eles. Ajudai-os nos momentos difíceis. Terna e pacientemente, esforçai-vos por conquistá-los para Jesus. Só a eternidade revelará os resultados de tais esforços. CP 270 1 Maior é o dano do que o bem produzido pelo costume de oferecer prêmios e recompensas. Por essa maneira, o aluno ambicioso é estimulado a se esforçar mais. Aqueles cujas faculdades mentais já são demasiado ativas para as forças físicas que possuem são impelidos a dominar matérias difíceis demais para a mente juvenil. Os exames também são um momento crítico para os alunos dessa classe. Muitos estudantes promissores têm sofrido graves enfermidades - a morte, talvez - em resultado do esforço e da ansiedade produzidos em tais ocasiões. Os pais e os professores devem estar vigilantes contra esses perigos. CP 270 2 As formalidades e cerimônias não devem ocupar tempo e energias que devam por direito ser dedicados a assuntos mais essenciais. Neste século corrompido, tudo se perverte para servir à ostentação e aparência exterior. Este espírito, porém, não deve encontrar lugar em nossas escolas. Cumpre-nos ensinar costumes bíblicos, pureza de pensamentos e estrita integridade. Estas são valiosas instruções. Se os professores tiverem a mente de Cristo, e estiverem sendo moldados pelo Espírito Santo, serão bondosos, atentos e verdadeiramente corteses. Se trabalharem como se o fizessem aos olhos do Céu, serão mulheres e homens cristãos. Seu fino porte será constante lição prática aos alunos, os quais, embora sejam a princípio um tanto rústicos, serão dia a dia moldados por sua influência. ------------------------Capítulo 37 -- A Dignidade do Trabalho CP 273 1 Apesar de tudo que tem sido falado e escrito com relação à dignidade do trabalho manual, prevalece a impressão de que ele é degradante. A opinião popular, em muitas mentes, mudou a ordem das coisas, e os homens chegaram a pensar que não é próprio a um homem que faz trabalho braçal ter lugar entre mais honrados. Os homens trabalham arduamente para obter dinheiro; e, havendo adquirido riqueza, supõem que seu dinheiro tornará a seus filhos boas pessoas. Muitos destes, porém, deixam de educar os filhos como eles próprios o foram, para o trabalho árduo, útil. Os filhos gastam o dinheiro ganho pelo trabalho de outrem, sem lhe compreender o valor. Assim empregam mal um talento que era desígnio do Senhor efetuasse muito benefício. CP 273 2 Os propósitos do Senhor não são os propósitos dos homens. Não foi Seu intuito que os homens vivessem na ociosidade. No princípio Ele criou o homem como um ser equilibrado; mas, embora rico de tudo que o Possuidor do Universo poderia suprir, Adão não deveria estar ocioso. Apenas criado, foi-lhe conferido o seu trabalho. Deveria encontrar ocupação e felicidade cuidando das coisas que Deus criara; e como recompensa de seu esforço seriam suas necessidades abundantemente supridas pelos frutos do Jardim do Éden. CP 274 1 Enquanto nossos primeiros pais obedeceram a Deus, seu trabalho no jardim foi um prazer; e de sua abundância a terra produziu para satisfazer suas necessidades. Quando, porém, o homem se afastou da obediência, ficou condenado a lutar com as sementes lançadas por Satanás, e a ganhar o pão como suor do rosto. Desde então teve de lutar, nas labutas e dificuldades, contra o poder a que rendera sua vontade. CP 274 2 Foi propósito de Deus aliviar pelo trabalho o mal acarretado ao mundo pela desobediência do homem. Pelo trabalho as tentações de Satanás poderiam tornar-se ineficazes, e ser detida a onda do mal. E, embora acompanhado de ansiedade, cansaço e dor, é ainda o trabalho uma fonte de felicidade e desenvolvimento, e salvaguarda contra a tentação. Sua disciplina coloca um paradeiro à condescendência própria, e promove a operosidade, a pureza e a firmeza. Assim, torna-se parte do grande plano de Deus para nossa restauração da queda. O Trabalho Manual e os Jogos CP 274 3 A opinião geral é que o trabalho manual seja degradante; todavia, os homens se exercitam tanto quanto lhes apraz no críquete, beisebol, ou em competições pugilísticas, sem serem olhados como pessoas que se degradam. Satanás deleita-se quando vê seres humanos empregando as faculdades físicas e mentais naquilo que não educa, não tem utilidade, não os ajuda a ser uma bênção aos que necessitam de seu auxílio. Enquanto a juventude se adestra em jogos destituídos de valor para eles e para os outros, Satanás joga a partida da vida por sua alma, tirando-lhes os talentos dados por Deus, e substituindo-os por seus próprios atributos maus. É seu empenho levar os homens a passarem por alto a Deus. Busca ocupar-lhes e absorver-lhes tão completamente o espírito, que o Senhor não encontre lugar em seus pensamentos. Não quer que o povo conheça a seu Criador, e fica bem satisfeito se pode pôr em funcionamento jogos e representações teatrais que por tal forma confundam o senso da juventude de que Deus e o Céu sejam esquecidos. CP 275 1 Uma das mais seguras salvaguardas contra o mal é a ocupação útil, ao passo que a ociosidade é uma das maiores maldições; pois o vício, o crime e a pobreza lhe seguem o rastro. Os que estão continuamente ocupados, que andam satisfeitos em suas lidas diárias, são os membros úteis da sociedade. No fiel desempenho dos vários deveres que lhes estão no caminho, tornam eles sua vida uma bênção para si mesmos e para os outros. O diligente trabalho os guarda de muitos dos laços daquele que "encontra sempre alguma maldade para ocupar as mãos ociosas". CP 275 2 Uma poça de água estagnada em breve se torna prejudicial; mas um riacho corrente esparge saúde e alegria sobre a terra. Uma é o símbolo do ocioso, o outro do trabalhador. Atividades Manuais Entre os Israelitas CP 275 3 No plano de Deus para Israel, toda família tinha um lar no campo, e terreno suficiente para o cultivo. Assim eram proporcionados tanto os meios como o incentivo para uma vida útil, industriosa e independente. E nenhuma medida humana jamais suplantou esse plano. Ao afastamento do mesmo por parte do mundo devem-se em grande parte a pobreza e miséria que existem hoje. CP 276 1 Pelos israelitas a atividade industrial era considerada um dever. De cada pai exigia-se que fizesse com que os filhos aprendessem algum ofício útil. Os maiores homens de Israel eram adestrados nas ocupações industriais. Um conhecimento dos deveres próprios à dona-de-casa era considerado essencial a toda mulher; e considerava-se a perícia em tais deveres como uma honra à mulher da mais elevada posição. CP 276 2 Vários trabalhos eram ensinados nas escolas dos profetas, e muitos estudantes mantinham-se pelo trabalho manual. O Exemplo de Cristo CP 276 3 A senda do trabalho indicada aos habitantes da Terra talvez seja dura e fatigante, mas é honrada pelas pegadas do Redentor, e aquele que segue esse sagrado caminho está seguro. Por preceito e exemplo Cristo dignificou o trabalho útil. Desde Seus mais tenros anos, viveu uma vida de serviço. A maior parte de Sua existência terrestre passou-a em paciente trabalho na oficina de carpintaria de Nazaré. Nos trajes do operário comum, o Senhor da vida palmilhava as ruas da cidadezinha em que residia, indo e vindo em Seu humilde labutar; e anjos ministradores O seguiam enquanto Ele andava lado a lado com os camponeses e trabalhadores, sem ser reconhecido nem honrado. CP 276 4 Quando saía para contribuir para o sustento da família, mediante Seu trabalho diário, Ele possuía o mesmo poder que tinha quando nas praias de Galiléia alimentou cinco mil almas famintas com cinco pães e dois peixes. Não empregou, porém, Seu poder divino para diminuir Seus encargos ou aliviar a labuta. Tomou sobre Si a forma da humanidade, com todos os seus males inerentes, e não Se desviou de suas mais severas provas. Viveu num lar de aldeão; vestia-Se de roupas grosseiras; misturava-Se com os humildes; labutava diariamente com pacientes mãos. Seu exemplo nos mostra que é dever do homem ser diligente, e que o trabalho é honroso. A Relação Entre o Cristianismo e o Esforço Humano CP 277 1 As coisas da Terra estão mais intimamente ligadas com o Céu, e acham-se mais diretamente sob a inspeção de Cristo, do que muitos compreendem. Todas as invenções úteis e melhoramentos têm sua fonte nAquele que é maravilhoso em conselho e grande em obra. O hábil tato da mão do médico, seu poder sobre os nervos e músculos e seu conhecimento acerca do delicado mecanismo do corpo são a sabedoria do poder divino, e devem ser usados em prol dos sofredores. A perícia com que o carpinteiro usa suas ferramentas e a força com que faz o ferreiro retinir a bigorna vêm de Deus. O que quer que façamos, onde quer que nos achemos colocados, Ele deseja dirigir a nossa mente para que possamos fazer trabalho perfeito. CP 277 2 O cristianismo e as ocupações, devidamente entendidos, não são duas coisas separadas; são uma. A religião da Bíblia deve ser entretecida em tudo que fazemos e dizemos. Os fatores humanos e divinos devem combinar tanto nas realizações temporais como nas espirituais. Devem estar unidos em todas as ocupações humanas, nos trabalhos mecânicos e agrícolas, nas empresas mercantis e científicas. CP 277 3 Há um remédio para a indolência: arremessar a pessoa de si a negligência como um pecado que conduz à perdição, e ir ao trabalho, fazendo com determinação e vigor uso da habilidade física que Deus deu. O único remédio para uma vida inútil e ineficiente é o esforço decidido e perseverante. A vida não nos é dada para ser gasta na ociosidade ou na satisfação própria; diante de nós estão postas grandes possibilidades. No capital da força foi confiado aos homens um talento precioso para o trabalho. Isso é de mais valor do que qualquer depósito no banco, e deve ser mais altamente avaliado; pois que, mediante as possibilidades que ele confere para habilitar os homens a levar uma vida útil e feliz, pode produzir juros, e juros compostos. É uma bênção que não se pode comprar com ouro nem prata, casas ou terras; e Deus exige que seja usada sabiamente. Ninguém tem o direito de sacrificar esse talento à influência corrosiva da inatividade. Todos são tão responsáveis pelo capital da força física como pelo capital dos meios. CP 278 1 A carreira nem sempre é dos ligeiros, nem dos valentes a peleja; e os que são diligentes nos negócios nem sempre hão de prosperar. É, porém, "a mão dos diligentes" que "enriquece". E, ao mesmo tempo em que a indolência e a sonolência entristecem ao Espírito Santo e destroem a verdadeira piedade, tendem também à pobreza e necessidade. "O que trabalha com mão enganosa empobrece" (Pv 10:4). CP 278 2 O trabalho árduo é um tônico para a humanidade. Torna o fraco vigoroso, rico o pobre, feliz o desgraçado. Satanás se encontra de emboscada, pronto a destruir aqueles cujo ócio lhe dá oportunidade de os abordar sob qualquer atrativo disfarce. Nunca é ele tão bem-sucedido como quando se aproxima dos homens em suas horas de lazer. A Lição do Trabalho Feito com Satisfação CP 279 1 Entre os males resultantes da opulência, um dos maiores é a idéia em voga, de que o trabalho é degradante. O profeta Ezequiel declara: "Eis que esta foi a maldade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado" (Ez 16:49). Aqui nos são apresentados os terríveis resultados da ociosidade, a qual enfraquece a mente, degrada a alma e perverte o entendimento, tornando em maldição aquilo que foi dado como bênção. A pessoa que trabalha é a vê algo de grande e bom na vida, e está disposta a desempenhar suas responsabilidades com esperança e fé. CP 279 2 A lição essencial da operosidade, satisfeita nos necessários deveres da vida, tem ainda de ser aprendida por muitos dos seguidores de Cristo. Requer mais graça, mais severa disciplina de caráter trabalhar para Deus na qualidade de mecânico, negociante, advogado ou agricultor, introduzindo os preceitos do cristianismo nas ocupações comuns da vida, do que desempenhar as funções de reconhecimento missionário no campo de ação. Requer vigorosa fibra espiritual introduzir a religião na oficina de trabalho e no escritório dos negócios, santificando os pormenores da vida diária, e ordenando toda transação segundo a norma da Palavra de Deus. Mas é isso que o Senhor exige. CP 279 3 O apóstolo Paulo considerava a ociosidade como pecado. Aprendeu o ofício de fabricante de tendas em todos os ramos, mais e menos importantes, e durante seu ministério trabalhava muitas vezes nesse ofício para manter a si e a outros. Paulo não considerava perdido o tempo assim empregado. Enquanto trabalhava, tinha o apóstolo acesso a uma classe de pessoas que não podia de outro modo atingir. Mostrava a seus companheiros que a habilidade nas artes comuns é um dom divino. Ensinava que mesmo no serviço de cada dia Deus deve ser honrado. Suas mãos calejadas no trabalho em nada diminuíam a força de seus comoventes apelos como ministro cristão. CP 280 1 É desígnio de Deus que todos sejam operosos. Os incansáveis animais de carga correspondem ao fim para que foram criados, melhor que o homem indolente. Deus é trabalhador constante. Os anjos são trabalhadores; são ministros de Deus para com os filhos dos homens. Os que aguardam um Céu de inatividade ficarão decepcionados; pois a ordem celeste não provê lugar algum para satisfação da indolência. É prometido, porém, repouso ao cansado e ao oprimido. É ao servo fiel que hão de ser dadas as boas-vindas, de seu trabalho para a exaltação de seu Senhor. Com satisfação despirá sua armadura, e esquecerá o fragor da batalha no glorioso descanso preparado para os que vencem mediante a cruz de Cristo. CP 280 2 Por toda parte estão os pais negligenciando instruir e adestrar seus filhos para o trabalho útil. Permite-se que os jovens cresçam na ignorância dos deveres simples e necessários. Os que assim foram infelizes devem despertar e tomar sobre si a responsabilidade do caso. Se esperam ser um dia bem-sucedidos na vida devem encontrar incentivos para o emprego útil de suas capacidades dadas por Deus. ------------------------Capítulo 38 -- Palavras de Conselho CP 281 1 Está na providência de Deus que as faculdades físicas, da mesma forma que as mentais, sejam exercitadas; mas a espécie do exercício físico feito deve achar-se em inteira harmonia com as lições dadas por Cristo a Seus discípulos. Essas lições devem ser exemplificadas na vida dos cristãos, de modo que em toda educação e autodisciplina de mestres e alunos, os agentes celestes não possam registrar a seu respeito que são "amigos dos deleites". Este é o registro que agora é feito, de grande número: "Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus" (2Tm 3:4). Assim estão Satanás e seus anjos armando laços às almas. Estão operando no espírito de professores e alunos para os induzir a se meterem em exercícios e divertimentos que se tornam intensamente absorventes, de molde a robustecer as paixões subalternas, e a gerar apetites e paixões que neutralizarão as atuações do Espírito de Deus no coração humano. CP 281 2 Todos os professores de uma escola necessitam exercício, uma variação de atividade. Deus tem designado o que deveria ser - o trabalho útil, prático. Muitos, porém, se têm desviado do plano de Deus, seguindo as invenções humanas, em detrimento da vida espiritual. Mais que qualquer outra coisa, os divertimentos estão contribuindo para anular a operação do Espírito Santo, e o Senhor é ofendido. CP 281 3 Os professores que não possuem progressiva experiência religiosa, que não estão aprendendo cada dia na escola de Cristo, a fim de se tornarem exemplos ao rebanho, mas que aceitam seus salários como a coisa principal, não se acham aptos para a solene posição que ocupam. "Olhai, pois, por vós", declara a Palavra de Deus, "e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que Ele resgatou com Seu próprio sangue" (At 20:28). "Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto" (1Pe 5:2). Essas palavras são dirigidas aos mestres em todas as nossas escolas, as quais são estabelecidas, como Deus designou que fossem, segundo o modelo das escolas dos profetas, para comunicar conhecimento de ordem superior, não misturando a escória com a prata. Mas as falsas idéias e costumes errôneos estão levedando o que deve ser sempre conservado puro, instituições em que o amor e o temor de Deus devem ter sempre o primeiro lugar. CP 282 1 Aprendam os mestres lições diárias na escola de Cristo. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim", diz Ele; "que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma" (Mt 11:29). Há positivamente bem pouco de Cristo e demasiado do próprio eu. Os que se acham, porém, sob a direção do Espírito de Deus, sob o governo de Cristo, serão exemplos ao rebanho. Quando aparecer o Sumo Pastor, esses receberão a coroa da vida - a incorruptível coroa. CP 282 2 "Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte" (1Pe 5:5, 6). CP 283 1 Toda exaltação própria opera o resultado natural - formar o caráter daquilo que Deus não pode aprovar. Trabalhai e ensinai; trabalhai segundo os moldes de Cristo, e assim jamais operareis em vossa própria e deficiente habilidade, mas tereis a cooperação do divino. CP 283 2 "Sede sóbrios; vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pe 5:8). Ele está no local das brincadeiras, observando vossas diversões, e colhendo toda alma que encontra desapercebida, lançando suas sementes no coração humano e adquirindo controle na mente dos homens. Encontra-se presente em todos os exercícios nas salas de aula. Os alunos que permitem à mente o exercitar-se profundamente acerca dos jogos, não se acham nas melhores condições para receber a instrução, o conselho, a reprovação a eles tão essenciais. CP 283 3 O exercício físico foi salientado pelo Deus de sabedoria. Diariamente devem algumas horas ser consagradas à educação útil em ramos de trabalho que ajudem os alunos a aprender os deveres da vida prática, os quais são essenciais a todos os nossos jovens. CP 283 4 É necessário que cada pessoa, em cada escola ou outras instituições, esteja, como Daniel, em tão estreita ligação com a Fonte de toda sabedoria, que fique habilitada a atingir a mais alta norma em todos os sentidos. Daniel tinha diante de si o amor e o temor de Deus; e, consciente de sua responsabilidade para com Ele, exercitava todas as suas faculdades para corresponder o mais possível ao amoroso cuidado do grande Mestre. Os quatro jovens hebreus não permitiam que motivos egoístas e o amor dos divertimentos lhes ocupassem os áureos momentos da vida. Trabalhavam com um coração voluntário e um espírito pronto. Isso não é norma tão alta que qualquer jovem cristão não possa alcançar. CP 284 1 Nossos obreiros - pastores, professores, médicos e diretores - todos precisam lembrar-se de que se acham comprometidos a cooperar com Cristo, a obedecer-Lhe as instruções, a seguir-Lhe a guia. A toda hora devem eles pedir e receber poder do alto. Devem nutrir um contínuo senso do amor do Salvador, de Sua eficiência, vigilância e ternura. Cumpre-lhes olhá-Lo como ao pastor e bispo de sua alma. Assim terão a correspondência e o apoio dos anjos celestes. Cristo lhes será a alegria e a coroa de regozijo. Seu coração será regido pelo Espírito Santo, e possuirão um conhecimento da verdade que meros cristãos nominais jamais podem adquirir. CP 284 2 Não compreendemos pela metade a significação das lições do Salvador. Não percebemos quanto elas importam para os seres que Ele criou. Ele ama a raça humana. Quanto, perguntais? - indico-vos o Calvário. Mas os cuidados terrenos e terrestres interesses ocultam aos nossos olhos o que é de origem celeste, de maneira que sua importância deixa de ser compreendida. Se pastores e professores tivessem mais profundo senso de sua necessidade espiritual, entrariam em sua obra com a devida compreensão da santidade da tarefa que lhes é confiada, e uma vida mais elevada havia de circular através de nossas igrejas e instituições. ------------------------Capítulo 39 -- Trabalho Físico Para os Alunos CP 285 1 Com o atual plano educativo, abre-se à juventude uma porta de tentação. Embora tenham, em geral, demasiadas horas de estudo, restam-lhes muitas horas desocupadas. Essas horas de lazer são freqüentemente gastas de maneira negligente. ... Muitos, muitos rapazes religiosamente instruídos em casa, e que vão para as escolas relativamente inocentes e virtuosos, tornam-se corruptos mediante o convívio com companheiros viciosos. Perdem o respeito de si mesmos, e sacrificam nobres princípios. Ficam, então, preparados a prosseguir no caminho descendente; pois sua consciência foi tão maltratada, que o pecado não se lhes representa tão excessivamente maligno. Esses males... poderiam ser remediados em grande medida, fossem equilibrados o estudo e o trabalho. ... CP 285 2 Alguns estudantes põem todo o ser nos estudos, concentrando a mente no objetivo de educar-se. Exercitam o cérebro, mas permitem que as energias físicas fiquem inativas. Assim o cérebro fica sobrecarregado, e os músculos tornam-se fracos, por não serem exercitados. Quando esses alunos se formam, é evidente haverem eles conseguido educação à custa da vida. Estudaram dia e noite, ano após ano, mantendo a mente de contínuo numa tensão, ao passo que deixaram de exercitar suficientemente os músculos. ... CP 285 3 Freqüentemente moças se dedicam ao estudo em detrimento de outros ramos de educação ainda mais essenciais à vida prática do que o estudo dos livros. E, depois de se haverem educado, se tornam muitas vezes inválidas na vida. Negligenciaram a saúde, ficando muito tempo dentro de casa, desprovidas do ar puro do céu e da luz solar dada por Deus. Essas jovens poderiam haver saído da escola sadias, houvessem aliado ao estudo, os trabalhos domésticos e o exercício ao ar livre. CP 286 1 A saúde é um grande tesouro. É o mais valioso bem que os mortais podem possuir. A riqueza, a honra ou o saber são comprados demasiado caro quando adquiridos com prejuízo do vigor da saúde. Nenhuma dessas realizações pode garantir a felicidade, caso falte a saúde. ... A Maldição da Inatividade CP 286 2 Em muitos casos, pais com mais posses não sentem a importância de educar os filhos nos deveres práticos da vida, do mesmo modo que nas ciências. Não vêem a necessidade, para o bem intelectual e moral de seus filhos, assim como para sua futura utilidade, de ministrar-lhes cabal compreensão do trabalho útil. Os filhos têm direito a isso, a fim de que, caso sobrevenha qualquer infortúnio, possam manter-se em nobre independência, sabendo utilizar-se das próprias mãos. Se possuem um capital de energias, não podem ser pobres, ainda que não tenham um centavo. CP 286 3 Muitos que, na juventude, se encontram em fartas condições, podem ver-se privados de todas as riquezas, ficando com pais, irmãs e irmãos em sua dependência quanto à manutenção. Quão importante é, pois, que todo jovem seja educado a trabalhar, de modo a estar preparado para qualquer emergência! As riquezas são na verdade uma maldição, quando os que as possuem lhes permitem ser, no caminho de seus filhos, um entrave a obter o conhecimento do trabalho útil, impedindo de estarem habilitados para a vida prática. ... CP 287 1 A pobreza é, em muitos casos, um bênção; evita que jovens e crianças sejam arruinados pela inatividade. As faculdades físicas, bem como as mentais, devem ser cultivadas e devidamente desenvolvidas. O primeiro e constante cuidado dos pais deve ser olhar que os filhos tenham boa constituição, que possam vir a ser homens e mulheres sãos. Impossível é conseguir tal objetivo sem exercício físico. Para sua própria saúde física e benefício moral, as crianças devem ser ensinadas a trabalhar, mesmo que não haja necessidade, no que respeita à carência de meios. Se elas hão de possuir caráter puro, virtuoso, precisam da disciplina do trabalho bem regular, o qual porá em exercício todos os músculos. A satisfação sentida pelas crianças com o ser útil, com o abnegar-se a fim de ajudar a outros, será o mais salutar prazer que possam fruir. ... CP 287 2 Pais, a inatividade é a maior maldição que já tenha sobrevindo aos jovens. Não deveis consentir vossas filhas ficarem até tarde na cama, de manhã, dormindo durante as preciosas horas que lhes são emprestadas por Deus a fim de serem empregadas para melhores desígnios, horas pelas quais terão de prestar-Lhe contas. Causa a suas filhas grande dano a mãe que leva sobre si as cargas que, para seu próprio bem presente e futuro, essas filhas deviam com ela partilhar. ... Vantagens do Trabalho Físico CP 287 3 O exercício nos trabalhos domésticos é do máximo proveito para as jovens. O trabalho físico não impede o cultivo do intelecto: longe disso. As vantagens adquiridas por meio dele equilibrarão a pessoa, e impedirão a mente de ser sobrecarregada. A fadiga dominará os músculos, aliviando o cérebro cansado. ... Para um são intelecto, exige-se um corpo são. A saúde física e o conhecimento prático de todos os necessários deveres domésticos, jamais serão entrave a um bem desenvolvido intelecto; ambos são altamente importantes. ... CP 288 1 Nas passadas gerações deveriam ser tomadas providências para educar dentro de um plano mais amplo. Em ligação com as escolas, devia haver estabelecimentos agrícolas e industriais. Devia ter havido professoras de economia doméstica, sendo uma parte de cada dia consagrada ao trabalho, de maneira que as faculdades físicas e mentais fossem eqüitativamente exercitadas. Houvessem se estabelecido escolas segundo esse plano, e não haveria hoje tantas mentes desequilibradas. ... CP 288 2 A contínua tensão sobre o cérebro, enquanto os músculos jazem inativos, enfraquece os nervos, dando ao mesmo tempo aos alunos um quase irresistível desejo de variação e de diversões frívolas. Quando soltos, depois de várias horas presos ao estudo todo dia, eles estão quase irrefreáveis. Muitos nunca foram controlados em casa. Andam segundo a inclinação, e pensam que as restrições das horas do estudo são uma rigorosa carga para eles. Como não têm nada que fazer depois das horas do estudo, Satanás sugere esporte e maldades como variação. Sua influência sobre os outros alunos é desmoralizadora. ... CP 288 3 Houvesse porventura estabelecimentos agrícolas e industriais ligados a nossas escolas, e competentes professores empregados para instruir a juventude nos vários ramos de estudo e trabalho, dedicando parte de cada dia ao desenvolvimento mental e parte ao trabalho físico, e teríamos agora uma classe mais elevada de jovens para ocupar o cenário da ação, para exercer influência na modelação da sociedade. Muitos dos jovens formados em tais instituições sairiam possuidores de estabilidade de caráter. Seriam perseverantes, fortes e corajosos para transpor os obstáculos, e teriam princípios tais, que não seriam movidos por errôneas influências, fossem elas embora populares. CP 289 1 Deveria ter havido experientes professores para lecionar às moças no departamento culinário. Às jovens se deveria ter ensinado a cortar, fazer e consertar roupas, ficando elas assim preparadas para os deveres práticos da vida. Para os rapazes, deveria ter havido estabelecimentos onde aprendessem diversos ofícios, em que exercitassem os músculos, da mesma maneira que as faculdades mentais. CP 289 2 Caso o jovem não possa adquirir senão uma educação unilateral, qual é de maior importância - o conhecimento das ciências, com todas as desvantagens para a saúde e a vida, ou o do trabalho para a vida prática? Sem hesitar, respondemos: o último. Se um deles deve ser negligenciado, seja o estudo dos livros. A Educação das Moças CP 289 3 Muitas moças há que se casam e constituem família, e que não possuem senão pequenino conhecimento prático dos deveres que cabem a uma esposa e mãe. Sabem ler e tocar algum instrumento de música; mas não sabem cozinhar. Não sabem fazer bom pão, o qual é muito essencial à saúde da família. Não sabem cortar e fazer roupas, pois nunca o aprenderam. Consideram essas coisas como não sendo essenciais e, em sua vida de casadas, são tão dependentes de outros para lhes fazerem essas coisas, como seus próprios filhinhos. Essa inescusável ignorância com relação aos mais necessários deveres da vida faz infelizes muitas famílias. ... Equilíbrio do Trabalho CP 290 1 A mente dos homens pensantes trabalha demasiado arduamente. Com freqüência, eles usam muito prodigamente suas faculdades mentais; ao passo que outra classe existe, cujo mais elevado objetivo na vida é o trabalho físico. Esta classe não exercita o cérebro. Os músculos são exercitados, ao passo que o cérebro fica privado da força intelectual; da mesma maneira, a mente dos intelectuais é trabalhada, enquanto o corpo lhes fica sem forças nem vigor, em virtude de sua negligência de exercitar os músculos. ... Caso o intelectual houvesse de partilhar até certo ponto do fardo das classes trabalhadoras, revigorando assim os músculos, essas classes poderiam fazer menos, e consagrariam parte do tempo à cultura intelectual e moral. As pessoas de hábitos sedentários e literários devem fazer exercício físico mesmo não tendo necessidade de fazê-lo, no que respeita aos meios. A saúde devia constituir suficiente incentivo para os levar a unir o trabalho físico ao intelectual. CP 290 2 A cultura moral, a intelectual e a física devem ser combinadas a fim de produzir homens e mulheres bem desenvolvidos e equilibrados. Alguns são aptos a exercer grande força intelectual, ao passo que outros se inclinam a gostar e achar prazer no trabalho físico. Ambas essas classes devem buscar melhorar-se onde são deficientes, de modo a apresentar a Deus o ser todo, em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, que é o seu culto racional. ... CP 291 1 Os que se satisfazem em dedicar a vida ao trabalho físico, deixando a outros o pensar por eles, enquanto simplesmente executam o que o cérebro desses outros planejou, terão vigorosa musculatura, mas débil intelecto. Sua influência para o bem é diminuta, em comparação com o que poderia ser, caso empregassem o cérebro da mesma maneira que fazem com os músculos. Essa classe cai mais facilmente quando atacada pela doença, porque o organismo não é vivificado pela força elétrica do cérebro para resistir à enfermidade. Os homens dotados de boas energias físicas, devem educar-se para pensar tão bem quanto são capazes de agir, não dependendo de outros para lhes servir de cérebro. O Trabalho Não Rebaixa CP 291 2 É erro comum, da parte de grande classe de pessoas, considerar o trabalho como degradante; daí, os rapazes ficam muito ansiosos de se educar para professores, escriturários, comerciantes, advogados, e ocupar qualquer cargo que não exija trabalho físico. As jovens consideram o serviço doméstico amesquinhante. E se bem que o exercício físico exigido para efetuar o trabalho da casa, não sendo pesado, seja designado a promover a saúde, elas preferem preparar-se para professoras ou secretárias, ou aprender qualquer ofício que as limita ao interior de uma casa, a uma ocupação sedentária. ... CP 291 3 Em verdade, há certa razão para as moças não preferirem serviço doméstico como emprego, pois os que as contratam para cozinheiras as tratam geralmente como servas. Muitas vezes os patrões não as respeitam, mas tratam-nas como se fossem indignas de ser membros da família. Não lhes concedem os privilégios que dão à costureira, à copista e à professora de música. CP 292 1 Não pode haver, no entanto, mais importante emprego do que o do serviço doméstico. Cozinhar bem, pôr à mesa comida saudável, apetecível, requer inteligência, e experiência também. A pessoa que prepara o alimento, que deve ir para o estômago a fim de se converter em sangue que vai nutrir o organismo, ocupa posição importante e elevada. O cargo de copista e costureira, ou de professora de música, não pode igualar em importância ao de cozinheira. A Obra de Reforma CP 292 2 O tempo é agora demasiado breve para realizar o que deveria ter sido feito nas gerações passadas; podemos fazer muito, todavia, mesmo nestes últimos dias, para corrigir os males existentes na educação da juventude. ... CP 292 3 Somos reformadores. Desejamos que nossos filhos estudem com o máximo proveito. Para que façam isso, devem ser-lhes dadas ocupações que exijam o exercício dos músculos. Trabalho diário, sistemático, deve constituir parte da educação da juventude, mesmo nestes últimos tempos. Muito se pode conseguir agora mediante a ligação do trabalho manual às nossas escolas. Seguindo esse plano, os alunos adquirirão elasticidade de espírito e vigor de pensamento, habilitando-se a realizar mais trabalho mental em determinado tempo do que o poderiam fazer com o estudo unicamente. E poderão deixar a escola sem desequilíbrio de saúde, e com resistência de ânimo para perseverarem em qualquer posição em que a providência de Deus os venha a colocar. CP 293 1 Visto ser breve o tempo, cumpre-nos trabalhar com diligência e redobrada energia. Talvez nossos filhos nunca entrem na escola superior, mas podem adquirir educação naqueles ramos essenciais que são susceptíveis de encaminhar a uso prático, e que darão cultivo à mente, chamando as suas faculdades ao exercício. Muitos, muitos dos jovens que fizeram um curso superior não obtiveram a genuína educação, própria para ser praticamente aplicada. Testimonies, v. 3, p. 148-159. CP 293 2 Apelo para nossas igrejas onde há escolas, para que indiquem, como professores das crianças e jovens, pessoas que amem ao Senhor Jesus Cristo, e que façam da Palavra de Deus o fundamento da educação. E elas devem ensinar os jovens a conservar a saúde mediante a obediência às leis do correto viver. Professores e alunos tirarão auxílio mental e espiritual da renúncia, praticando os princípios da reforma de saúde. Certamente descobrirão, como aconteceu com Daniel e seus companheiros, que advêm bênçãos da conformação da vida com a Palavra de Deus. CP 293 3 "Vigiai e orai" (Mc 14:38) é uma recomendação muitas vezes repetida nas Escrituras. Na vida dos que obedecem a essa recomendação, haverá uma interior corrente de felicidade que beneficiará a todos com quem eles entrarem em contato. Os que são de disposição azeda e impertinente se tornarão suaves e brandos; os que são orgulhosos se tornarão mansos e humildes. ------------------------Capítulo 40 -- Saúde e Eficiência CP 294 1 A saúde é uma inestimável bênção, e bênção mais intimamente relacionada com a consciência e a religião do que muitos o entendem. Ela muito tem que ver com a capacidade da pessoa para o serviço, e deve ser tão religiosamente conservada como o caráter; pois quanto mais perfeita é a saúde, mais perfeitos serão nossos esforços no desenvolvimento da causa de Deus e bênção da humanidade. CP 294 2 Há uma importante obra a ser feita em nossas escolas, no ensino, aos jovens, dos princípios da reforma de saúde. Os professores devem exercer uma influência reformadora na questão de comer, beber e vestir, e motivar seus estudantes a praticar a renúncia e o domínio próprio. Aos jovens se deve ensinar que todas as suas faculdades provêm de Deus; que Ele tem direito sobre cada uma delas; e que, maltratando a saúde de qualquer maneira, desprezam uma das melhores bênçãos de Deus. O Senhor lhes dá saúde para ser usada em Seu serviço, e quanto maior é sua força física, mais forte é sua capacidade de resistência, mais podem fazer pelo Mestre. Em vez de maltratar ou sobrecarregar suas faculdades físicas, devem cuidadosamente conservá-las para uso na causa de Deus. CP 294 3 A juventude é a época para se acumular conhecimento nos ramos que diariamente podem ser postos em prática por toda a vida. A juventude é a época apropriada para adquirir bons hábitos, corrigir os que são maus, obter e conservar a força do domínio próprio, para se acostumar a pessoa a dispor todos os atos da vida com referência à vontade de Deus e bem-estar de seus semelhantes. A juventude é o tempo da sementeira que determina a ceifa desta vida presente e a de além-túmulo. Os hábitos formados na infância e juventude, os gostos adquiridos e o domínio próprio alcançado é quase certo determinarem o futuro do homem ou da mulher. CP 295 1 A importância de cuidar da saúde deve ser ensinada como um mandamento bíblico. A obediência perfeita aos preceitos de Deus reclama a conformidade com as leis do ser. A ciência da educação inclui um conhecimento de fisiologia tão completo quanto se possa obter. Ninguém pode devidamente compreender suas obrigações para com Deus a menos que entenda claramente suas obrigações para consigo mesmo como propriedade de Deus. Aquele que permanece em pecaminosa ignorância das leis da vida e da saúde, ou que voluntariamente viola essas leis, peca contra Deus. CP 295 2 Não é perdido o tempo gasto em exercícios físicos. Prejudica a si mesmo o aluno que está constantemente estudando, enquanto não faz senão pouco exercício ao ar livre. Um exercício proporcionado, dos vários órgãos e faculdades do corpo, é essencial ao melhor trabalho de cada um. Quando o cérebro está continuamente sobrecarregado, enquanto os outros órgãos são deixados inativos, há perda de força física e mental. Rouba-se às faculdades físicas seu tom sadio, a mente perde sua frescura e vigor, e o resultado é uma doentia excitabilidade. CP 295 3 A fim de que homens e mulheres tenham mente bem equilibrada, todas as faculdades do ser devem ser postas em uso e desenvolvimento. Há, no mundo, muitos que têm preparo unilateral, por ter cultivado apenas uma classe de faculdades, ao passo que outras diminuíram por inatividade. É um fracasso a educação de muitos jovens. Estudam demais, enquanto negligenciam o que pertence à vida prática. Para manter-se o equilíbrio mental, deve-se combinar com o trabalho intelectual um cuidadoso sistema de trabalho físico, para que haja desenvolvimento harmônico de todas as faculdades. CP 296 1 Devem os estudantes ter trabalho manual a fazer, e não lhes fará mal se, ao fazer esse trabalho, ficarem cansados. Não achais que Cristo ficou cansado? Na verdade ficou. O cansaço não prejudica a ninguém. Apenas torna o repouso mais agradável. Não pode ser repetida em demasia a lição de que a educação será de pouco valor sem a força física com que fazer uso dela. Ao deixarem o colégio, os estudantes devem ter melhor saúde e melhor compreensão das leis da vida do que quando entraram. Estudo Demasiado CP 296 2 Ao estudante que deseja realizar o trabalho de dois anos em um, não se deve permitir fazer como ele próprio o entende. Fazer trabalho duplo significa para muitos sobrecarregar a mente e negligenciar o exercício físico. Não é razoável supor que o espírito pode assimilar um excesso de alimento mental; e é um pecado tão grande sobrecarregar a mente como o é sobrecarregar os órgãos digestivos. CP 296 3 Aos que estão desejosos de se tornarem obreiros eficientes na causa de Deus, desejo dizer: Se estais impondo uma quantidade indevida de trabalho ao cérebro, imaginando que vos atrasareis a menos que estudeis em todo o tempo, deveis imediatamente mudar vossa idéia e procedimento. A menos que seja exercido maior cuidado neste sentido, haverá muitos que descerão prematuramente à tumba. CP 297 1 Ao regular as horas do sono, não se deve proceder com descuido. Os estudantes não devem adquirir o hábito de permanecer em pé até à meia-noite, e tomar as horas do dia para o sono. Se se acostumaram a fazer isso em casa, devem corrigir o hábito, deitando-se à hora devida. Assim levantar-se-ão pela manhã descansados para os deveres do dia. Em nossas escolas as luzes devem ser apagadas às vinte e uma e meia horas. Cultura da Voz CP 297 2 A cultura da voz é assunto que muito tem que ver com a saúde dos estudantes. Aos jovens se deve ensinar a respirar convenientemente e a ler de maneira que nenhum esforço anormal sobrevenha à garganta e pulmões, mas que esse trabalho seja participado pelos músculos abdominais. Falar da garganta, deixando o som vir da parte superior dos órgãos vocais, prejudica a saúde desses órgãos e diminui sua eficiência. Os músculos abdominais devem fazer a parte mais pesada do trabalho, sendo a garganta usada como um conduto. Muitos que têm morrido poderiam ter vivido caso lhes tivesse sido ensinado como fazer uso da voz, de maneira correta. O devido uso dos músculos abdominais no ler e falar, mostrar-se-á remédio para muitas anomalias da voz e do tórax, e meio de prolongar a vida. Regime Alimentar CP 297 3 A natureza do alimento e o modo por que é ele comido exercem poderosa influência sobre a saúde. Muitos estudantes nunca fizeram um decidido esforço para governar o apetite, ou observar as regras devidas com relação ao comer. Alguns comem demasiado em suas refeições, e outros comem entre as refeições sempre que a tentação se lhes apresente. CP 298 1 Deve-se fazer com que a necessidade de cuidado nos hábitos do regime impressione a mente de todos os estudantes. Fui instruída quanto a não deverem servir-se, aos que freqüentam nossas escolas, alimentos cárneos nem iguarias reconhecidas como prejudiciais à saúde. Nada que sirva para despertar o desejo de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para todos que se recusem a comer as coisas que prejudiquem a saúde. Assim podem servir ao Senhor por sacrifício. CP 298 2 Os que obedecem às leis da saúde darão tempo e consideração às necessidades do corpo e às leis da digestão. E serão recompensados pela clareza do pensamento e força mental. De outro lado, é possível a alguém prejudicar sua experiência cristã pelo abuso do estômago. As coisas que perturbam a digestão têm uma influência entorpecente sobre os sentimentos mais delicados do coração. Aquilo que afeta a pele ou a torna pálida, também afeta o ânimo e destrói a jovialidade e paz de espírito. Todo hábito que prejudica a saúde, reage sobre o espírito. Bem empregado é o tempo que se destina ao estabelecer e conservar uma perfeita saúde física e mental. Nervos firmes e calmos, bem como circulação sadia, ajudam aos homens a seguirem os retos princípios e escutar os impulsos da consciência. Ventilação e Saneamento CP 298 3 Deve-se dar atenção especial à ventilação e saneamento. O professor deve pôr em prática na sala de aula seu conhecimento dos princípios de fisiologia e higiene. Pode assim guardar seus alunos de muitos perigos a que estariam expostos pela ignorância ou negligência das leis de saneamento. Muitas vidas têm sido sacrificadas porque os professores não têm prestado atenção a estas coisas. CP 299 1 Devem-se evitar as súbitas mudanças de temperatura. Cumpre ter cuidado para que os estudantes não se resfriem sentando-se em correntes de ar. Não é coisa segura regular o professor o calor da sala de aula pela sua própria impressão. Seu bem-estar, assim como o dos estudantes, exige que seja mantida uma temperatura uniforme. A Recompensa da Obediência CP 299 2 O cérebro é a cidadela do ser. Maus hábitos físicos afetam o cérebro e impedem a realização daquilo que os estudantes desejam - uma boa disciplina mental. A menos que os jovens sejam versados na ciência de como cuidar do corpo assim como da mente, não serão estudantes bem-sucedidos. O estudo não é a causa principal do esgotamento das faculdades mentais. A causa principal é o regime impróprio, refeições irregulares, falta de exercício físico, e desatenção em outros sentidos às leis da saúde. Quando fazemos tudo que podemos para conservar a saúde, podemos então, com fé, rogar a Deus que abençoe nossos esforços. CP 299 3 Antes que os estudantes falem de seus progressos na chamada "educação superior", aprendam a comer e beber para a glória de Deus, e a exercitar o cérebro, ossos e músculos, de tal maneira a habilitá-los ao mais elevado serviço. Um estudante pode dedicar todas as suas faculdades à aquisição do saber, mas, desobedecendo às leis que lhe governam o ser, diminuirá sua eficiência. Acariciando maus hábitos, perde o poder da apreciação própria e o domínio de si mesmo. Não pode raciocinar corretamente acerca de assuntos que muito de perto lhe dizem respeito, e torna-se descuidado e irracionável no tratamento que dá ao espírito e ao corpo. CP 300 1 A obrigação que repousa sobre nós, de conservar o corpo em saúde, é uma responsabilidade pessoal. O Senhor exige que cada um efetue sua salvação dia a dia. Ele nos ordena que raciocinemos partindo da causa para o efeito, que nos lembremos de que somos Sua propriedade, que nos unamos a Ele na conservação do corpo em uma condição pura, sadia, e o ser todo santificado para Ele. CP 300 2 Aos jovens deve ensinar-se que não estão na liberdade de fazer com a vida como lhes apraz. Deus não terá por inocente os que tratam levianamente Seus preciosos dons. Devem os homens compenetrar-se de que quanto maior sua dotação de forças, talentos, meios ou oportunidades, mais pesadamente repousa sobre eles o encargo da obra de Deus, e mais devem fazer por Ele. Os jovens que são ensinados a crer que a vida é um depósito sagrado hesitarão em mergulhar-se na voragem da dissipação e crime, a qual devora tantos jovens promissores desta época. CP 300 3 O professor cujas faculdades físicas estão já enfraquecidas pela enfermidade ou excesso de trabalho deve prestar especial atenção às leis da saúde. Deve tomar tempo para a recreação. Quando um professor vê que sua saúde não é suficiente para resistir à pressão do estudo pesado, deve atender à advertência da natureza, e aliviar a carga. Não tome a si, fora de seu trabalho escolar, responsabilidades que o sobrecarreguem de tal maneira, física e mentalmente, que seu sistema nervoso se desequilibre; pois, com essa conduta, ele se tornará inapto para tratar com as mentes, e não poderá fazer justiça nem a si nem a seus alunos. CP 301 1 Algumas vezes o professor traz para a aula a sombra das trevas que têm estado a acumular-se sobre sua alma. Tem estado sobrecarregado, e está nervoso; ou a dispepsia tem dado a tudo uma coloração sombria. Entra para a sala de aula com nervos trêmulos e estômago irritado. Parece que nada se faz que o agrade; julga que seus alunos se empenham em mostrar-lhe desrespeito; e distribui à direita e à esquerda suas cortantes críticas e censuras. Talvez um ou mais dos estudantes cometam erros, ou sejam indisciplinados. O caso eleva em seu espírito, e ele é severo e incisivo ao repreender aquele que julga em falta. E a mesma injustiça mais tarde o impede de admitir que ele seguiu mau caminho. Para manter a dignidade de sua posição, perde uma áurea oportunidade de manifestar o espírito de Cristo, para ganhar talvez uma alma para o Céu. CP 301 2 É dever de todo professor fazer tudo ao seu alcance para apresentar seu corpo a Cristo como sacrifício vivo, perfeito fisicamente, assim como moralmente livre de contaminação, a fim de que Cristo possa fazer dele um coobreiro Seu na salvação de almas. ------------------------Capítulo 41 -- Princípios do Vestuário Saudável CP 302 1 A Bíblia ensina modéstia no vestuário. "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto" (1Tm 2:9). Isso proíbe ostentação nos vestidos, cores berrantes, profusa ornamentação. Tudo que vise a chamar a atenção para a pessoa, ou provocar admiração, está excluído do traje modesto recomendado pela Palavra de Deus. CP 302 2 Nosso vestuário não deve ser dispendioso - não com "ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos" (1Tm 2:9). O dinheiro é um legado de Deus. Não nos pertence para gastá-lo na satisfação do orgulho ou da ambição. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto e roupas para o nu. É uma defesa para o oprimido, um meio de restituir a saúde aos enfermos, ou de pregar o evangelho aos pobres. Poderíeis levar felicidade a muitos corações mediante o sábio emprego dos recursos agora usados para exibição. Considerai a vida de Cristo. Estudai-Lhe o caráter, e sede participantes de Seu espírito de renúncia. CP 302 3 No professo mundo cristão gasta-se com jóias e vestidos desnecessariamente caros o que seria suficiente para alimentar todos os famintos e vestir todos os nus. A moda e a ostentação absorvem os meios que poderiam confortar os pobres e sofredores. Roubam ao mundo o evangelho do amor do Salvador. ... CP 302 4 Mas nossas roupas, conquanto modestas e simples, devem ser de boa qualidade, de cores próprias, e adequadas ao uso. Devem ser escolhidas mais com vistas à durabilidade do que à aparência. Devem proporcionar agasalho e a devida proteção. A mulher prudente descrita nos Provérbios "não temerá, por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada" (Pv 31:21). CP 303 1 Nosso vestuário deve ser asseado. O desasseio nesse sentido é nocivo à saúde, e portanto contaminador para o corpo e a alma. "Sois o templo de Deus. ... Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá" (1Co 3:16, 17). CP 303 2 Sob qualquer aspecto, as roupas devem ser saudáveis. Acima de tudo, Deus quer que tenhamos saúde (3Jo 2) - saúde de corpo e de alma. E devemos ser coobreiros Seus tanto para a saúde de um como da outra. Ambas são promovidas pelo vestuário saudável. Ele deve possuir a graça, a beleza, a conveniência da simplicidade natural. CP 303 3 Cristo nos advertiu contra o orgulho da vida, mas não contra sua graça e beleza naturais. Apontou às flores do campo, aos lírios desabrochando em sua pureza, e disse: "Nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles" (Mt 6:29). Assim, pelas coisas da natureza, Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam agradável nossa maneira de vestir. O mais belo vestido nos manda Ele que usemos na alma. Nenhum adorno exterior se pode comparar em valor ou encanto àquele "espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus" (1Pe 3:4). ... Efeitos Físicos do Vestuário Impróprio CP 303 4 Foi o adversário de todo o bem, que instigou à invenção das sempre mutáveis modas. Coisa alguma deseja ele tanto como ocasionar a Deus pesar e desonra mediante a miséria e a ruína dos seres humanos. Um dos meios por que ele o consegue mais eficazmente são as invenções da moda, que enfraquecem o corpo da mesma maneira que debilitam a mente e amesquinham a alma. CP 304 1 As mulheres são sujeitas a sérias enfermidades, e seus sofrimentos são grandemente aumentados por sua maneira de vestir. Em lugar de conservar a saúde para as emergências que certamente hão de vir, elas, por seus hábitos errôneos, sacrificam, muitas vezes, não somente a saúde, mas a vida, deixando a seus filhos um legado de sofrimento numa constituição arruinada, em hábitos pervertidos e numa falsa idéia da vida. CP 304 2 Uma das invenções extravagantes e nocivas da moda, são as saias que varrem o chão. Desasseadas, desconfortáveis, inconvenientes, anti-higiênicas - tudo isso e mais ainda se verifica quanto à saias que arrastam. É extravagante, tanto pelo desperdício de material exigido como pelo desnecessário gasto, devido ao comprimento. E quem quer que tenha visto uma senhora com uma saia de cauda, mãos cheias de embrulhos, tentando subir ou descer uma escada, entrar num bonde, atravessar uma multidão, andar na chuva ou num enlameado caminho, não necessita outras provas de sua inconveniência e incômodo. CP 304 3 Outro sério dano é o usar saias de modo que seu peso recaia sobre os quadris. Este excesso de peso, fazendo-se sentir sobre os órgãos internos, puxa-os para baixo, causando fraqueza do estômago, e uma sensação de lassitude, fazendo com que a pessoa que a traz se incline, o que mais ainda comprime os pulmões, tornando mais difícil a respiração correta. CP 305 1 Nos últimos anos se tem discutido tanto os perigos resultantes da compressão da cintura que poucas pessoas os podem ignorar; todavia, tão grande é o poder da moda, que o mal continua. Por essa prática estão as senhoras e moças trazendo sobre si indizível dano. É essencial à saúde que o peito tenha margem para expandir-se à sua máxima plenitude, a fim de os pulmões poderem inspirar amplamente. Quando os pulmões são restringidos, é diminuída a quantidade de oxigênio que recebem. O sangue não é devidamente vivificado, e são retidos os resíduos, matéria venenosa que devia ser expelida pelos pulmões. Além disso, a circulação é estorvada; e os órgãos internos são por tal forma apertados e impelidos para fora do lugar, que não podem realizar devidamente o seu trabalho. CP 305 2 Espartilhos apertados não melhoram a forma do corpo. Um dos principais elementos da beleza física, é a simetria, a harmônica proporção de suas várias partes. E o modelo correto quanto ao desenvolvimento físico se pode encontrar, não nos modelos exibidos pelos modistas franceses, mas no corpo humano desenvolvido segundo as leis de Deus na natureza. Ele é o autor de toda a beleza, e unicamente ao nos conformarmos com Seus ideais, havemos de aproximar-nos da verdadeira norma de beleza. CP 305 3 Outro mal fomentado pelo uso, é a desigual distribuição do vestuário, de modo que, enquanto algumas partes do corpo estão mais agasalhadas do que precisam, outras se acham insuficientemente vestidas. Os pés e os membros, estando afastados dos órgãos vitais, devem ser especialmente protegidos do frio por suficiente roupa. É impossível desfrutar saúde quando as extremidades estão habitualmente frias; pois se há muito pouco sangue nelas, terá de haver em excesso noutras partes do corpo. Saúde perfeita requer perfeita circulação; isto, porém, não se pode ter, quando três ou quatro vezes mais agasalho é usado sobre o corpo, onde se encontram os órgãos vitais, do que nos membros. CP 306 1 Multidões de mulheres são nervosas e ansiosas porque se privam do ar puro que lhes proporcionaria um sangue puro, e da liberdade de movimentos que impeliria o sangue através das veias, dando-lhes vida, saúde e energia. Muitas mulheres se têm tornado inválidas confirmadas, quando poderiam haver fruído boa saúde; e muitas têm morrido de tuberculose e outras doenças, quando lhes teria sido possível viver o determinado termo da vida, houvessem elas se vestido de acordo com os princípios da saúde, fazendo abundante exercício ao ar livre. CP 306 2 A fim de prover-se do mais saudável vestuário, é preciso estudar cuidadosamente as necessidades de cada parte do corpo. O clima, o ambiente, as condições da saúde, a idade e as ocupações, tudo deve ser considerado. Cada peça de vestuário deve ser facilmente ajustada, não obstruindo nem a circulação do sangue, nem a livre, plena e natural respiração. Cada peça deve ser tão ampla que, ao erguer os braços, a roupa se erga correspondentemente. CP 306 3 As senhoras de saúde precária podem fazer muito no próprio benefício, vestindo-se e exercitando-se cuidadosamente. Quando vestidas de maneira adequada a desfrutar o ar livre, façam elas aí exercício, a princípio com cautela, mas em progressiva quantidade, à medida que o puderem suportar. Assim fazendo, muitas poderiam recuperar a saúde, e viver de modo a desempenhar a sua parte na tarefa do mundo. A Ciência do Bom Viver, p. 287-294. ------------------------Capítulo 42 -- Preparo Prático CP 307 1 O trabalho manual útil faz parte do plano evangélico. O grande Mestre, envolto na coluna de nuvem, deu a Israel orientação para que a todo jovem fosse ensinado qualquer ramo de trabalho útil. Era, portanto, costume dos judeus, tanto das classes mais ricas como das mais pobres, ensinar a seus filhos e filhas qualquer ofício prático, de modo que, no caso de virem a surgir circunstâncias adversas, não ficassem na dependência de outros, mas estivessem habilitados a prover às próprias necessidades. Podiam ser instruídos em ramos literários, mas tinham de ser exercitados também em algum ofício. Isso era julgado parte indispensável de sua educação. CP 307 2 Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. Ainda que fosse certo não vir alguém nunca a precisar de recorrer ao trabalho manual como meio de subsistência, devia ainda assim aprender a trabalhar. Sem exercício físico, ninguém pode ter constituição sadia e vigorosa saúde; e a disciplina de serviços bem regulados não é menos essencial no conseguir-se mente ativa e caráter nobre. CP 307 3 Os alunos que adquiriram conhecimento de livros sem obter o do trabalho prático, não podem pretender educação simétrica. As energias que deveriam ter sido consagradas a ofícios vários, têm sido negligenciadas. A educação não consiste em empregar o cérebro apenas. A ocupação física é parte do preparo essencial a todo jovem. Falta um importante aspecto de educação, se o estudante não aprender a se empenhar em trabalho útil. CP 308 1 O saudável exercício de todo o ser proporcionará uma educação vasta e compreensiva. Todo estudante deve consagrar parte de cada dia ao trabalho ativo. Assim se formarão hábitos industriosos, animando-se um espírito de confiança em si mesmo, ao mesmo tempo que a juventude será protegida contra muitas práticas más e degradantes que tantas vezes resultam da ociosidade. E tudo isso se acha de acordo com o objetivo primário da educação; pois estimulando a atividade, a diligência e a pureza, estamos nos colocando em harmonia com o Criador. CP 308 2 O maior benefício não se obtém do mero exercício em si mesmo, como o que se pratica nos esportes. Há certo bem em estar ao ar livre, assim como no movimento dos músculos; seja, porém, a mesma quantidade de energia dedicada à execução de uma obra útil, e maior será o benefício. Experimentar-se-á um sentimento de satisfação, pois tal exercício traz consigo o senso da utilidade e a aprovação da consciência pelo dever bem cumprido. CP 308 3 Os alunos devem sair de nossas escolas com educada eficiência, de maneira que, ao se acharem na dependência dos recursos próprios, possuam conhecimentos de que se possam servir e que são necessários ao êxito na vida. O estudo diligente é essencial, do mesmo modo que o diligente e árduo trabalho. Brincar não é essencial. A consagração das energias físicas ao divertimento não é muito favorável a um espírito bem equilibrado. Se o tempo empregado em exercício físico que passo a passo conduz ao excesso, fosse utilizado em trabalhar segundo os moldes de Cristo, a bênção de Deus havia de repousar sobre o obreiro. A disciplina para a vida prática, adquirida mediante o trabalho físico aliado ao esforço mental, é suavizada pela reflexão de estar ele habilitando a mente e o corpo para melhor executar a obra que Deus designou que os homens fizessem. Quanto mais perfeitamente os jovens compreenderem a maneira de realizar os deveres da vida prática, tanto maior será cada dia sua satisfação em ser útil aos outros. A mente educada a fruir trabalho útil amplia-se; por meio de exercício e da disciplina, é habilitada a servir; pois adquiriu assim o conhecimento essencial a tornar seu possuidor uma bênção para os outros. CP 309 1 Não posso encontrar na vida de Cristo um exemplo de Ele empregar tempo em brincar e Se divertir. Ele era o grande Educador para a vida presente e futura; todavia, não fui capaz de achar uma ocasião em que ensinasse os discípulos a se entregarem à diversão a fim de obter exercício físico. O Redentor do mundo dá a cada homem a sua obra, e ordena-lhe: "Negociai até que Eu venha" (Lc 19:13). Ao empreender isso, arderá o coração. Todas as faculdades do ser se empenharão no esforço de obedecer. Temos uma elevada e santa vocação. Professores e estudantes devem ser mordomos da graça de Cristo, sempre ardorosos. O Trabalho Industrial CP 309 2 Estabelecendo nossas escolas fora das cidades, daremos aos estudantes oportunidade de adestrar os músculos para o trabalho bem como o cérebro para pensar. Aos estudantes deve ensinar-se a plantar, a fazer a colheita, a construir, a se tornarem obreiros missionários aceitáveis nos ramos práticos. Pelo seu conhecimento de indústrias úteis, estarão eles muitas vezes habilitados a quebrar preconceitos; muitas vezes poderão fazer-se tão úteis que a verdade se recomendará pelo conhecimento que possuem. CP 310 1 Em nossa escola na Austrália educamos os jovens nestes ramos, mostrando-lhes que a fim de possuir uma educação completa tinham de dividir seu tempo entre a aquisição de conhecimento pelos livros e a aquisição de um conhecimento do trabalho prático. Parte de cada dia era empregada no trabalho manual. Assim aprendiam os estudantes a limpar o terreno, cultivar o solo, construir casas; e estes ramos de trabalho eram em grande parte efetuados no tempo que de outra maneira teria sido gasto em partidas de jogos e na procura de divertimentos. O Senhor abençoou os estudantes que dedicaram suas horas à aprendizagem de lições de utilidade. Aos diretores e professores daquela escola fui instruída a dizer: CP 310 2 "Várias indústrias devem ser instaladas em nossas escolas. A instrução industrial dada deve incluir contabilidade, carpintaria e tudo que se inclui na lavoura. Devem-se fazer preparativos para o ensino de ferraria, pintura, sapataria, e para a arte culinária, padaria, lavanderia, consertos, datilografia e artes gráficas. Todas as faculdades que temos devem ser trazidas para esta obra de adestramento, a fim de que os estudantes possam sair bem aparelhados para os deveres da vida prática. CP 311 1 "Aos estudantes deve-se proporcionar educação prática sobre agricultura. Isso será de inestimável valor a muitos em seu trabalho futuro. O conhecimento a ser obtido quanto a derrubar árvores e cultivar o solo, bem como nos ramos literários, é a educação que nossa juventude deve procurar obter. A agricultura trará recursos para sua própria manutenção. Outros ramos de trabalho adaptados a diversos estudantes, podem também ser levados a efeito. Mas o cultivo da terra trará uma bênção especial aos trabalhadores. Devemos ensinar aos jovens de tal maneira que eles gostem de empenhar-se no cultivo do solo. CP 311 2 "Apresentem-se aos jovens meios pelos quais muitos possam enquanto freqüentam a escola, aprender a arte de carpinteiro. Sob a guia de trabalhadores experientes, carpinteiros que sejam aptos a ensinar, pacientes e bondosos, os jovens devem ser ensinados quanto a construir sólida e economicamente. Pequenas casas e outros edifícios essenciais aos vários ramos da obra escolar, devem ser construídos pelos próprios estudantes. Não devem ficar muito próximos uns dos outros ou dos edifícios escolares propriamente ditos. Na administração da obra escolar, devem ser formados pequenos grupos, aos quais se deve ensinar a ter um senso completo de sua responsabilidade. Nem tudo isso pode ser realizado de imediato, mas devemos começar a trabalhar com fé." CP 311 3 Com um treinamento prático, estarão os estudantes preparados para ocupar posições úteis em muitos lugares. Se nas oportunidades providenciais de Deus se torna necessário construir uma casa de culto em alguma localidade, o Senhor Se agrada caso haja entre Seu povo aqueles a quem Ele deu sabedoria e habilidade para efetuar a necessária obra. CP 312 1 Que os estudantes empenhados na edificação executem cabalmente seu trabalho; e aprendam destes trabalhos lições que serão de auxílio na construção de seu caráter. A fim de terem caráter perfeito, devem fazer sua obra tão perfeita quanto possível. Em cada ramo de trabalho seja levada aquela estabilidade que significa verdadeira economia. Se em nossas escolas a terra fosse cultivada mais fielmente e os edifícios mais desinteressadamente cuidados pelos estudantes, desapareceria o amor dos esportes e divertimentos, que causa tanta perplexidade à nossa obra escolar. CP 312 2 Para as moças estudantes há muitas ocupações que devem ser providas a fim de que possam ter uma educação vasta e prática. Cumpre ensinar-lhes a fazer vestidos, e a arte da horticultura. Devem cultivar flores e plantar morangos. Assim, ao mesmo tempo em que são educadas no trabalho útil, terão saudável exercício ao ar livre. CP 312 3 Deve-se ensinar encadernação e vários outros ofícios que não somente proporcionarão exercício físico mas comunicarão valioso conhecimento. CP 312 4 Em todas as nossas escolas cumpre haver os que estejam aptos a ensinar a cozinhar. Devem manter-se classes para a instrução neste ramo. Os que estão recebendo preparo para o serviço sofrem grande perda quando não adquirem conhecimento de como preparar o alimento de maneira que seja ao mesmo tempo saudável e saboroso. CP 312 5 A arte de cozinhar não é assunto de pouca importância. A hábil preparação do alimento é uma das artes mais importantes. Deve ser considerada como estando entre as mais valiosas de todas as artes porque está tão intimamente ligada com a vida. Tanto a força física como a mental dependem em grande parte do alimento que comemos; portanto, aquele que prepara o alimento ocupa posição elevada e importante. CP 313 1 Tanto aos rapazes como às moças deve ser ensinado a cozinhar economicamente, e a dispensar, na alimentação, qualquer artigo cárneo. Não estimule absolutamente o preparo de pratos compostos de qualquer parcela de carne; pois isso é volver às trevas e à ignorância do Egito, e não à pureza da reforma de saúde. CP 313 2 Especialmente as mulheres devem aprender a cozinhar. Que parte da educação de uma menina é tão importante como esta? Sejam quais forem suas circunstâncias na vida, aí se encontra um conhecimento que lhe é possível pôr em uso prático. É um ramo da educação que tem uma influência muito direta sobre a saúde e a felicidade. Há religião prática em um pão de boa qualidade. CP 313 3 A cultura em todos os pontos da vida prática tornará nossos jovens úteis, quando houverem deixado a escola para ir a países estrangeiros. Não terão assim, de esperar que o povo para o qual vão, costure e cozinhe para eles, ou lhes construa habitações. E exercerão muito mais influência, caso se mostrem aptos a educar o ignorante na maneira de trabalhar segundo os mais vantajosos métodos, e de modo a produzir os melhores resultados. Menos fundos serão exigidos para a manutenção de missionários assim, pois têm empregado da maneira mais proveitosa as suas faculdades físicas em trabalho útil e prático aliado aos seus estudos. Isso será apreciado nos lugares em que os meios são difíceis. Eles revelarão que os missionários se podem tornar educadores no ensino do modo de trabalhar. E aonde quer que forem, tudo quanto houverem alcançado nesse sentido lhes proporcionará uma posição firme. As Artes Comuns CP 314 1 A habilidade nas artes comuns é um dom de Deus. Ele provê não só o dom como a sabedoria para dele se fazer uso correto. Quando Ele desejou fosse feita uma obra no santuário, disse: "Eis que Eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício" (Êx 31:2, 3). Pelo profeta Isaías, disse Deus: "Inclinai os ouvidos e ouvi a Minha voz; atendei bem e ouvi o Meu discurso. Porventura, lavra todo o dia o lavrador, para semear? Ou abre e esterroa todo o dia a sua terra? Não é, antes, assim: quando já tem gradado a sua superfície, então, espalha nela ervilhaca, e semeia cominhos; ou lança nela do melhor trigo, ou cevada escolhida, ou centeio, cada qual no seu lugar? O seu Deus o ensina e o instrui acerca do que há de fazer. CP 314 2 "Porque a ervilhaca não se trilha com instrumento de trilhar, nem sobre os cominhos passa roda de carro; mas com uma vara, se sacode a ervilhaca e os cominhos, com um pedaço de pau. O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente, nem se esmiúça com as rodas do seu carro, nem se quebra com os seus cavalos. Até isso procede do Senhor dos Exércitos, porque é maravilhoso em conselho e grande em obra" (Is 28:23-29). CP 314 3 Deus confere Seus dons conforme Lhe apraz. Concede um dom a um, e outro dom a outro, mas tudo para o bem do corpo todo. Está no plano de Deus que alguns sirvam em um ramo de trabalho, e outros em ramos diversos - trabalhando todos sob o mesmo espírito. O reconhecimento deste plano será uma salvaguarda contra a emulação, o orgulho, a inveja, ou contra o desdém de um ao outro. Fortalecerá a unidade e o amor mútuo. CP 315 1 Número muito maior de jovens precisa ter as vantagens de nossas escolas. Necessitam do curso de adestramento manual, que lhes ensinará a viver vida ativa, enérgica. Sob os cuidados de diretores sábios, prudentes e tementes a Deus, devem os estudantes ser ensinados em relação às diferentes espécies de trabalho. Cada ramo da obra deve ser dirigido da maneira mais completa, sistemática, que a longa experiência e a sabedoria possam habilitar-nos a planejar e executar. CP 315 2 Despertem os professores ante a importância deste assunto, e ensinem a agricultura e as outras indústrias essenciais à compreensão dos estudantes. Procurem em cada departamento do trabalho atingir os melhores resultados. Seja a ciência da Palavra de Deus levada para o trabalho a fim de que os estudantes possam compreender os princípios corretos e alcançar a mais elevada norma possível. Vale a Pena? CP 315 3 Em muitas mentes surgirá a pergunta: Vale a pena o trabalho industrial em nossas escolas? E, se não vale, deve ser prosseguido? CP 315 4 Seria para surpreender se as indústrias pudessem compensar imediatamente depois de serem iniciadas. Algumas vezes Deus permite que sobrevenham prejuízos para nos ensinarem lições que nos resguardarão de cometer erros que envolveriam perdas muito maiores. Com muito cuidado, procurem os que tiverem prejuízos financeiros em seu trabalho industrial, descobrir a causa, e esforcem-se por administrar de tal maneira que no futuro não haja perdas. CP 316 1 Lembremo-nos de que somos todos membros da família de Deus; e lembremo-nos também de que Satanás e todo o seu exército estão procurando constantemente forçar-nos a cometer erros, para que seja destruída nossa confiança em nós mesmos e em outros. Quando, porém, surgem as perplexidades, nos deixaremos ficar na ignorância, sem nada fazer? Não o permita Deus. CP 316 2 Haverá aparentes retrocessos na obra, mas isso não nos deve desanimar. Os livros de contabilidade podem mostrar que a escola sofreu alguma perda financeira com o trabalho industrial. Mas se nestes ramos de trabalho os estudantes aprenderam lições que fortaleçam o edifício de seu caráter, os livros do Céu revelarão um lucro muito maior que o prejuízo financeiro. Quantas almas esta obra ajudou a salvar, jamais se saberá antes do dia do juízo. Satanás encontra malefícios para mãos ociosas fazerem; mas quando os estudantes se mantêm ocupados com o trabalho útil, o Senhor tem oportunidade de trabalhar por eles. CP 316 3 Se, após prosseguir com o trabalho manual durante um ano, a administração da escola acha que houve perda, procure-se descobrir a razão, precavendo-se contra ela no futuro. Mas não se permita que prevaleça o espírito de censura; pois o Espírito de Cristo se entristece quando são proferidas palavras de crítica maldosa aos que fizeram o melhor que puderam. Na Palavra de Deus há animação bem como advertência. Não permita Deus que se enfraqueçam as mãos daqueles que estão procurando levar avante este ramo de trabalho. Insisto em que nossas escolas sejam animadas em seus esforços no sentido de formular planos para o adestramento dos jovens na agricultura e outros ramos de trabalho industrial. Quando, nos negócios usuais, se efetua trabalho inicial, se fazem preparativos para desenvolvimento futuro, há freqüentemente perda financeira. Mas lembremo-nos da bênção que o exercício físico traz aos estudantes. Muitos estudantes têm vindo a falecer enquanto se esforçam por adquirir educação porque se limitaram demais ao esforço mental. CP 317 1 Não devemos ser acanhados em nossos planos. No ensino industrial há vantagens invisíveis, que não podem ser medidas nem calculadas. Ninguém trate de esquivar-se do necessário esforço para levar avante com êxito o plano que durante anos nos tem sido apresentado com urgência, como sendo de capital importância. CP 317 2 Os professores defrontarão provas. Oprimi-los-á o desânimo ao virem que seu trabalho não é apreciado. Satanás se esforçará por afligi-los com enfermidades corporais, esperando levá-los a murmurar contra Deus, a fechar os olhos à Sua bondade, Sua misericórdia, Seu amor, e ao mui grande peso de glória que aguarda ao vencedor. Em tais ocasiões lembrem-se os professores de que Deus os está guiando para terem uma confiança mais perfeita nEle. Se, em sua perplexidade, olharem para Ele com fé, Ele os tirará da fornalha das provações, refinados e purificados, como o ouro provado no fogo. CP 317 3 Digam os que se encontram em angustiosas situações e sob provas penosas: "Ainda que Ele me mate, nEle esperarei" (Jó 13:15). "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação" (Hb 3:17, 18). CP 318 1 Não tenham os professores favoritos entre os alunos, nem dêem mais atenção aos inteligentes e prontos em aprender as coisas. Os que parecem menos promissores, mais necessitam do tato e das palavras bondosas que lhes prenderão o coração ao do mestre. CP 318 2 Não se deve confiar nas primeiras impressões. Alunos que, à primeira vista, parecem lerdos e tardos poderão fazer afinal mais progresso do que os que são naturalmente mais vivos. Se são cabais e sistemáticos no trabalho que fazem, conseguirão muito que os outros deixarão de alcançar. Os que formam hábitos de atividade paciente, perseverante, realizarão mais do que os de espírito pronto, vivaz e inteligente, que, embora aprendam prontamente a lição, também logo a esquecem. Os pacientes, embora mais vagarosos para aprender, achar-se-ão à frente dos que aprendem tão fácil que não precisam estudar. CP 318 3 Os alunos não devem ser tão sobrecarregados de estudos que negligenciem o cultivo das maneiras; e acima de tudo, não devem permitir que coisa alguma interfira com seus períodos de oração, que os põem em contato com Cristo. Em caso algum se devem privar dos privilégios religiosos. ------------------------Capítulo 43 -- Como Luzes no Mundo CP 321 1 É desígnio de Deus manifestar por meio de Seu povo os princípios de Seu reino. A fim de que lhes seja possível revelar esses princípios na vida e no caráter, Ele deseja separá-los dos costumes, hábitos e práticas do mundo. Procura levá-los mais perto de Si, de modo a poder dar-lhes a conhecer Sua vontade. O desígnio de Deus para Seu povo hoje é o mesmo que tinha para Israel quando os tirou do Egito. Contemplando a bondade, a misericórdia, a justiça e o amor de Deus revelados em Sua igreja, deve o mundo ver a representação de Seu caráter. E, quando a lei divina for assim exemplificada na vida, o próprio mundo reconhecerá a superioridade dos que amam, temem e servem a Deus, sobre todos os outros povos do mundo. CP 321 2 Os adventistas, acima de todos os povos, devem ser modelos de piedade, puros de coração e de linguagem. Foram-lhes confiadas as mais solenes verdades já confiadas a mortais. Toda dotação de graça, poder e eficiência lhes foi liberalmente proporcionada. Eles aguardam a próxima volta de Cristo nas nuvens do céu. Darem eles ao mundo a impressão de que sua fé não exerce poder dominante em sua vida, é desonrar grandemente a Deus. CP 322 1 Em razão do crescente poder das tentações de Satanás, os tempos em que vivemos se acham plenos de perigo para os filhos de Deus, e cumpre-nos aprender continuamente do grande Mestre, de modo a dar todo passo com segurança e em justiça. Assombrosas cenas estão se desdobrando diante de nós; e em tal tempo, é preciso que a vida do professo povo de Deus seja um testemunho vivo, de modo que o mundo veja que, neste século, quando o mal espalha-se por toda parte, ainda existe um povo que põe de lado a própria vontade para realizar a vontade de Deus - povo em cujo coração e vida se acha escrita a Sua lei. Representantes de Cristo CP 322 2 Deus espera que os que usam o nome de Cristo O representem. Seus pensamentos devem ser puros; suas palavras, nobres e próprias para elevar. A religião de Cristo deve entretecer-se em tudo quanto eles façam ou digam. Devem ser um povo purificado e santo, comunicando luz a todos com quem se puserem em contato. É Seu intento que, exemplificando esse povo a verdade na própria vida, seja na Terra um louvor. A graça de Cristo é suficiente para efetuar isso. Lembre-se, porém, o povo de Deus, que unicamente quando crer e puser por obra os princípios do evangelho, poderá realizar os desígnios divinos. Só ao consagrar ao serviço de Deus as aptidões que dEle recebeu, há de fruir a plenitude e o poder da promessa em que a Igreja é chamada a firmar-se. CP 322 3 Antes de Cristo sair para o último conflito, que devia travar com os poderes das trevas, ergueu os olhos ao Céu, orando pelos discípulos. Disse: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade" (Jo 17:15-17). CP 323 1 Os seguidores de Cristo devem separar-se do mundo em princípios e em interesses; não se devem, porém, isolar do mundo. O Salvador misturava-Se constantemente com os homens, não para os animar em qualquer coisa que não estivesse em harmonia com a vontade de Deus, mas para os elevar e enobrecer. "Por eles Me santifico a Mim mesmo", declarou Ele, "para que também eles sejam santificados" (Jo 17:19). Assim o cristão deve habitar entre os homens para que o aroma do amor divino seja como o sal a preservar o mundo da corrupção. Força na Oração CP 323 2 Diariamente cercado de tentação, sofrendo a contínua oposição dos guias do povo, Cristo sabia dever fortalecer Sua humanidade pela oração. Para que fosse uma bênção aos homens, precisava comungar com Deus, suplicar energia, perseverança e firmeza. Assim mostrou Ele aos Seus discípulos o esconderijo de Sua força. Sem essa diária comunhão com Deus, nenhuma criatura humana poderá conseguir poder para o serviço. Cristo unicamente pode dirigir corretamente os pensamentos. Só Ele pode comunicar nobres aspirações, e moldar o caráter segundo a semelhança divina. Se dEle nos aproximarmos em fervorosa oração, encher-nos-á o coração de elevados e santos desígnios, e de profundos anseios de pureza e justiça. Os perigos que se adensam ao nosso redor, exigem dos que possuem alguma experiência nas coisas de Deus cuidadosa vigilância. Os que andam humildemente diante do Senhor, sem confiança na própria sabedoria, compreenderão o próprio perigo, e conhecerão o cuidado mantenedor de Deus. CP 324 1 O poder de uma vida mais elevada, mais pura e nobre, eis nossa grande necessidade. O mundo observa a ver que fruto é produzido pelos professos cristãos. Ele tem o direito de esperar abnegação e espírito de sacrifício da parte dos que acreditam em uma avançada verdade. Está atento, pronto a criticar aguda e severamente nossas palavras e atos. Todos quantos desempenham uma parte na obra de Deus são pesados nas balanças do juízo humano. Estão-se produzindo constantemente impressões favoráveis ou desfavoráveis à religião bíblica no espírito de todos com quem temos de tratar. CP 324 2 Deus e os anjos estão observando. O Senhor deseja que Seu povo manifeste pela vida que vive a vantagem do cristianismo sobre a mundanidade; manifeste agir em plano mais elevado e santo. Ele anseia vê-los mostrar que a verdade que receberam os tornou filhos do celeste Rei. Anela torná-los condutos através dos quais possa vazar Seu ilimitado amor e misericórdia. CP 324 3 Com anelante desejo, Cristo aguarda ver-Se manifestado em Sua igreja. Quando o caráter do Salvador for perfeitamente reproduzido em Seu povo, então Ele virá a requerer os Seus. É o privilégio de todo cristão, não somente aguardar, mas apressar a vinda de nosso Senhor. Estivessem todos quantos Lhe professam o nome dando frutos para Sua glória, e quão pronto o mundo inteiro estaria semeado com o evangelho! Pronto estaria amadurecida a última grande colheita, e Cristo havia de vir. ------------------------Capítulo 44 -- Perigosas Diversões Para os Jovens CP 325 1 O desejo de agitação e aprazível entretenimento é uma tentação e uma cilada ao povo de Deus, e especialmente aos jovens. Satanás está continuamente arranjando engodos com que desviar a mente da solene obra de preparação para as cenas que se acham num próximo futuro. Por intermédio dos mundanos, entretém uma constante estimulação a fim de induzir os imprudentes a se unirem aos prazeres do mundo. Existem shows, conferências e uma ilimitada variedade de distrações destinadas a levar ao amor do mundo; e mediante esta união com ele a fé é enfraquecida. CP 325 2 Satanás é um obreiro perseverante, um astucioso e mortal inimigo. Sempre que é proferida uma palavra descuidada, seja de lisonja, seja no sentido de fazer um jovem olhar a algum pecado com menos aversão, ele disso se aproveita, nutrindo a má semente, a fim de que se enraíze e venha a dar farta colheita. Ele é, em todos os sentidos da palavra, um enganador, um hábil encantador. Possui muitas redes finamente tecidas, de inocente aparência, mas astutamente preparadas para emaranhar os jovens e os desprevenidos. A mente natural tende ao prazer e à satisfação do próprio eu. É o método de Satanás encher a mente de desejo em torno dos divertimentos mundanos, de modo a não haver tempo para a pergunta: Como vai minha alma? Época Infeliz CP 325 3 Vivemos numa época infeliz para os jovens. Na sociedade predomina um sentimento favorável a permitir que eles sigam a natural inclinação do espírito. Se os filhos são muito irrefreados, os pais se lisonjeiam com a idéia de que, quando forem adultos e raciocinarem por si mesmos, hão de abandonar os hábitos errôneos, tornando-se homens e mulheres úteis. Que engano! Permitem durante anos que um inimigo lhes semeie o jardim do coração, consentindo que princípios errados aí brotem e cresçam, não parecendo discernir os perigos ocultos e o terrível fim da senda que se lhes delineia o caminho da felicidade. Em muitos casos, todos os esforços feitos em torno desses jovens não darão resultado. CP 326 1 Em geral, a norma de piedade entre os professos cristãos é baixa, e é difícil aos jovens resistir às influências mundanas animadas por muitos membros da igreja. A maioria dos cristãos nominais vive realmente para o mundo, enquanto professa viver para Cristo. Não distinguem a excelência das coisas celestiais, não as podendo, portanto, amar verdadeiramente. Muitos professam ser cristãos porque o cristianismo é considerado honroso. Não discernem que o genuíno cristianismo significa levar a cruz, e sua religião pouco poder exerce no sentido de restringi-los quanto a tomar parte nos prazeres do mundo. CP 326 2 Alguns entram no salão de baile, tomando parte em todas as diversões que ele proporciona. Outros não podem ir tão longe; todavia, assistem a reuniões de diversão, a piqueniques e shows, e vão a outros lugares de divertimentos mundanos; e os olhos mais perspicazes não conseguiriam perceber a diferença entre seu aspecto e o dos incrédulos. A Educação das Crianças CP 326 3 No atual estado da sociedade não é fácil tarefa para os pais restringirem aos filhos, instruí-los de acordo com a norma bíblica do direito. Os filhos tornam-se muitas vezes impacientes sob a restrição, querendo fazer a própria vontade, indo e vindo segundo lhes apraz. Especialmente da idade de dez a dezoito, são propensos a julgar que nenhum mal pode haver em ir a reuniões mundanas de jovens companheiros. Mas os experientes pais cristãos podem ver o perigo. Estão familiarizados com o temperamento peculiar dos filhos, e sabem o efeito dessas coisas em seu espírito. Assim, levados pelo desejo de que se salvem, devem mantê-los afastados desses atrativos divertimentos. CP 327 1 Quando os filhos decidem por si mesmos abandonar os prazeres do mundo e se tornar discípulos de Cristo, que peso é tirado do coração desses pais cuidadosos e fiéis! No entanto, nem por isso devem cessar os esforços de sua parte. Esses jovens apenas começaram com sinceridade a luta contra o pecado, e contra os males do coração natural, e precisam, em sentido especial, do conselho e do vigilante cuidado dos pais. Tempo de Tribulação Para os Jovens CP 327 2 Jovens observadores do sábado que têm cedido à influência do mundo hão de ser experimentados e provados. Acham-se sobre nós os perigos dos últimos dias, e está diante dos jovens uma prova de que muitos não têm feito idéia. Serão levados a aflitiva perplexidade, provando-se a genuinidade de sua fé. Professam estar aguardando o Filho do homem; todavia, alguns deles têm sido um deplorável exemplo aos incrédulos. Não têm desejado abandonar as coisas do mundo, mas vivem antes com ele freqüentando piqueniques e outras reuniões de prazer, lisonjeando-se de que se estavam entregando a inocentes entretenimentos. São, porém, tais condescendências que os separam de Deus, fazendo-os filhos do mundo. CP 328 1 Alguns estão continuamente pendendo para o mundo. Seus pontos de vista e sentimentos se harmonizam muito mais com o espírito do mundo que com o dos abnegados seguidores de Cristo. É perfeitamente natural que prefiram a companhia daqueles cujo espírito melhor se coaduna com o seu. E esses têm demasiada influência entre o povo de Deus. Associam-se com ele, e têm, em seu meio, um nome; são, porém, um assunto para os incrédulos e para os fracos e não consagrados da Igreja. Neste tempo de aprimoramento, esses professos crentes ou se converterão inteiramente, santificando-se pela obediência à verdade, ou serão deixados com o mundo, para com os mundanos receber a retribuição. CP 328 2 Deus não reconhece os caçadores de prazer como Seus seguidores. Unicamente os abnegados, os que vivem uma vida de sobriedade, humildade e santidade, são verdadeiros seguidores de Jesus. E esses não podem encontrar alegria nas frívolas e vazias conversações dos amantes do mundo. Separação do Mundo CP 328 3 Os verdadeiros seguidores de Cristo terão sacrifícios a fazer. Fugirão dos lugares de diversões mundanas, pois não encontram aí a Jesus - nenhuma influência que lhes torne a mente mais celeste, promovendo seu crescimento na graça. A obediência à Palavra de Deus os induzirá a apartar-se de todas essas coisas, e ser separados. CP 329 1 "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:20), declarou o Salvador. Todos os verdadeiros seguidores de Cristo darão frutos para Sua glória. Sua vida atesta que uma boa obra tem sido neles operada pelo Espírito de Deus, e seus frutos são para santidade. Sua vida é elevada e pura. Retas ações, eis os frutos inequívocos da verdadeira piedade, e os que não os dão dessa espécie revelam não possuir experiência nas coisas de Deus. Não se acham na Videira. Disse Jesus: "Estai em Mim, e Eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a Videira, e vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer" (Jo 15:4, 5). CP 329 2 Os que querem ser adoradores do verdadeiro Deus devem sacrificar todo ídolo. Jesus disse ao doutor da lei: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento" (Mt 22:37, 38). CP 329 3 Os primeiros quatro preceitos do decálogo não dão margem a que separemos de Deus nossos afetos. Nem coisa alguma deve partilhar nosso supremo deleite nEle. Não podemos avançar na experiência cristã enquanto não afastarmos de nosso caminho tudo quanto nos separe de Deus. CP 329 4 O grande Chefe da Igreja, que escolheu do mundo a Seu povo, requer deles que se separem do mundo. Tem em vista que o espírito de Seus mandamentos, atraindo a Ele os que O seguem, os separe dos elementos mundanos. Amar a Deus e guardar-Lhe os mandamentos está muito distante de amar os prazeres do mundo e sua amizade. Não há concórdia entre Cristo e Belial. Promessas aos Jovens CP 330 1 Os jovens que seguem a Cristo têm diante de si uma guerra; têm diariamente uma cruz a levar quanto a sair do mundo e imitar a vida de Cristo. Há, porém, muitas promessas preciosas registradas para os que buscam cedo o Salvador. A sabedoria clama aos filhos dos homens: "Eu amo os que Me amam, e os que de madrugada Me buscam Me acharão" (Pv 8:17). CP 330 2 "Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1Pe 1:13-15). "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual Se deu a Si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2:11-14). ------------------------Capítulo 45 -- O Estabelecimento de Retos Princípios na Juventude CP 331 1 A educação compreende mais que conhecimentos de livros. A devida educação inclui, não somente a disciplina mental, mas aquele cultivo que garante a sã moral e o correto comportamento. ... CP 331 2 Centenas de jovens de várias disposições e educação diversa se associam na escola, e requer grande cuidado e muita paciência equilibrar no devido caminho espíritos torcidos por uma educação errônea. Alguns nunca foram disciplinados, outros sofreram demasiado as rédeas, sentindo, quando longe das mãos vigilantes que as ensinavam, apertando-as demais, talvez, que se achavam livres para fazer o que lhes aprouvesse. Desprezam até o pensamento da restrição. Esses vários elementos postos ao lado uns dos outros em nosso colégio, dão cuidado, preocupações, e pesada responsabilidade, não só para os professores, mas para a Igreja inteira. As Tentações da Juventude CP 331 3 Os alunos de nosso colégio acham-se expostos a múltiplas tentações. Serão postos em contato com pessoas de quase toda espécie de espírito e moral. Os que possuem qualquer experiência religiosa são passíveis de censura se não tomam posição de resistência a toda má influência. Muitos, porém, preferem seguir a própria inclinação. Não consideram que podem construir ou destruir a própria felicidade. Está em suas mãos aproveitar por tal forma o tempo e as ocasiões, que desenvolvam caráter capaz de torná-los felizes e úteis. ... O Dever dos Pais CP 332 1 São grandemente aumentados os perigos da juventude ao serem os jovens lançados na sociedade de grande número dos de sua idade, diferentes em caráter e hábitos de vida. Sob tais circunstâncias, muitos pais se inclinam mais a afrouxar do que a redobrar seus esforços para guardar e reger os filhos. Lançam assim tremenda carga sobre os que sentem a responsabilidade. Ao verem esses pais que os filhos estão ficando desmoralizados, dispõem-se a lançar a culpa sobre os que estão à testa da obra, quando os males foram causados por sua própria falta de orientação. CP 332 2 Em vez de se unirem aos que levam a carga, para erguer as normas morais e, trabalhando de alma e coração no temor de Deus, corrigirem o mal nos próprios filhos, muitos pais tranqüilizam a consciência dizendo: "Meus filhos não são piores do que outros." Procuram esconder os manifestos malfeitos que Deus aborrece, para que os filhos não se ofendam e tomem qualquer desesperada atitude. Se o espírito de rebelião lhes está no interior, muito melhor é subjugá-lo agora, do que permitir que ele cresça e fortaleça pela condescendência. Se os pais cumprissem seu dever, veríamos diferente estado de coisas. Muitos desses pais se desviaram de Deus. Não têm Sua sabedoria para perceber as artimanhas de Satanás e resistir-lhe aos ardis. ... CP 332 3 Todo filho e filha deve ser chamado a contas quando se acha ausente de casa à noite. Os pais devem saber em que companhia andam os filhos, e em que casa passam eles os serões. Alguns filhos enganam os pais com mentiras a fim de ocultar seu rumo errado. Uns há que buscam a sociedade de companheiros corrompidos, visitando às ocultas tabernas e outros lugares proibidos de ajuntamento na cidade. Alunos freqüentam as salas de bilhar, e metem-se em jogo de cartas, lisonjeando-se de que não há perigo. Uma vez que seu objetivo é meramente divertir-se, sentem-se em perfeita segurança. Não são apenas os de classe mais baixa que fazem isso. Alguns cuidadosamente criados e educados a olharem essas coisas com aversão, estão-se arriscando a penetrar no terreno proibido. CP 333 1 Os jovens devem ser regidos por princípios firmes, a fim de poderem desenvolver devidamente as faculdades com que Deus os dotou. Mas seguem tanto e tão cegamente aos impulsos, sem consideração para com o princípio, que se acham constantemente em perigo. Uma vez que lhes não é dado ter sempre a guia e proteção dos pais e tutores, precisam ser exercitados na dependência de si mesmos, e no domínio próprio. Devem ser ensinados a pensar e agir por um consciencioso princípio. Descanso e Recreação CP 333 2 Os que se acham empenhados em estudo, devem ter folga. A mente não deve estar continuamente submetida a uma intensa atividade, pois o delicado maquinismo mental vem a gastar-se. O corpo, da mesma maneira que a mente, precisa de exercício. Mas é necessário haver grande temperança nas diversões, bem como em qualquer outra ocupação. E o caráter desses entretenimentos deve ser cuidadosa e cabalmente considerado. Todo jovem deve perguntar-se a si mesmo: Que efeito terão essas diversões na saúde física, mental e moral? Ficará meu espírito tão absorvido que me esqueça de Deus? Deixarei de ter em mente a Sua glória? CP 334 1 O jogo de cartas deve ser proibido. São perigosas as companhias e as tendências. ... Não há, nessas distrações, coisa alguma que beneficie o espírito ou o corpo. Nada que fortaleça o intelecto, nada que aí entesoure valiosas idéias para uso futuro. A conversação é freqüentemente sobre assuntos triviais e degradantes. ... CP 334 2 A esperteza no manuseio das cartas induz muitas vezes ao desejo de empregar este conhecimento e tato para algum fim de proveito pessoal. Põe-se em jogo uma pequenina quantia, depois outra maior, até que se adquire uma sede de jogar que leva certamente à ruína. A quantos têm essa perniciosa distração conduzido a todo ato pecaminoso, à pobreza, à prisão, ao assassínio e à forca! Todavia, muitos pais não vêem o terrível abismo de ruína escancarado para os nossos jovens. CP 334 3 Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, do que as diversões teatrais. O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa. CP 335 1 Há maneiras de recrear-se que são benéficas para a mente e o corpo. Um espírito iluminado e esclarecido achará, em fontes inocentes e instrutivas, meios abundantes de entretenimento e distração. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na natureza serão do mais alto benefício. Testimonies, v. 4, p. 648-653. CP 335 2 Não se podem tornar os jovens tão quietos e sérios como as pessoas de idade; a criança tão sóbria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os professores ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não reprimam os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, mantende as rédeas do governo, guiando e regendo-lhes o espírito e desígnios, não obstante com tanta brandura, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam ainda terdes em vista seu máximo bem. ------------------------Capítulo 46 -- Recreação Cristã CP 336 1 Enquanto buscamos refrigerar o espírito e revigorar o corpo, Deus exige que empreguemos em todos os tempos todas as nossas forças, para melhor propósito. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que estejamos melhor habilitados para o máximo êxito no desempenho dos deveres que sobre nós recai, e para que nossa influência sobre os que nos rodeiam seja benéfica. Podemos volver à casa, depois dessas ocasiões, melhorados de espírito e fisicamente refrigerados, preparados para entregar-nos de novo ao trabalho com mais esperança e melhor ânimo. ... CP 336 2 Somos daquela classe que crê ser nosso privilégio em cada dia de nossa vida glorificar a Deus na Terra; que não devemos viver neste mundo meramente para a nossa própria diversão, para meramente agradar-nos a nós mesmos. Aqui nos achamos para beneficiar a humanidade, e ser uma bênção para a sociedade; e se permitimos a mente soltar-se naquela corrente inferior em que giram os pensamentos dos que buscam simplesmente vaidade e extravagância, como podemos ser um benefício à nossa raça, à nossa geração? Como ser uma bênção à sociedade em volta de nós? Não podemos inocentemente condescender com qualquer diversão que nos inabilite ao mais fiel desempenho dos deveres comuns. CP 336 3 Entre a associação dos seguidores de Cristo em busca de recreação cristã e as reuniões mundanas à procura do prazer e do divertimento, deve existir assinalado contraste. Em lugar de oração e da menção do nome de Jesus e das coisas sagradas, ouvir-se-ão dos lábios dos mundanos o riso néscio e a frívola conversação. A idéia é fruir um período de grande divertimento geral. Suas diversões começam em insensatez e terminam em vaidade. As nossas reuniões devem ser dirigidas de tal maneira, e nossa conduta aí deve ser tal que, ao voltarmos para casa, possamos ter uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não havermos ferido ou, de algum modo, causado algum dano àqueles com quem estivemos em contato, ou exercido sobre eles qualquer influência nociva. CP 337 1 A mente natural tende para o prazer e a satisfação egoístas. É método de Satanás providenciar abundância dessas coisas. Busca encher o espírito dos homens com o desejo dos prazeres mundanos a fim de não lhes sobrar tempo algum para perguntarem a si mesmos: Como vai minha alma? O amor do prazer é infeccioso. A ele entregue, a mente precipita-se de um a outro ponto, buscando sempre algum entretenimento. A obediência à lei de Deus neutraliza essa inclinação, construindo barreiras à impiedade. CP 337 2 Os rapazes devem lembrar-se de que são responsáveis por todos os privilégios que têm fruído, pelo aproveitamento do tempo, e pelo devido emprego de suas aptidões. Talvez indaguem: "Não teremos nenhum divertimento ou recreação? Havemos de trabalhar, trabalhar, trabalhar sem variação? CP 337 3 Toda diversão em que vos puderdes empenhar pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que vos torna inaptos para a oração particular, para a devoção no altar da oração, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. ------------------------Capítulo 47 -- Diversões Mundanas CP 338 1 Se alguma coisa existe em nosso mundo, que deva inspirar entusiasmo, é a cruz do Calvário. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo nos não conhece, porque não conhece a Ele." (1Jo 3:1). "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16). Cristo tem de ser aceito, crido e exaltado. Este deve ser o tema de conversação - a preciosidade de Cristo. Reuniões de Diversão CP 338 2 Enquanto tem havido tanto receio de envolvimento e entusiasmo no serviço de Deus, manifesto tem sido o entusiasmo em outro sentido, que, para muitos, parece harmonizar-se totalmente com seu gosto natural. Refiro-me às reuniões de diversão, que têm havido entre o nosso povo. Essas ocasiões têm ocupado muito do tempo e da atenção do povo que professa ser servo de Cristo; têm, porém, essas reuniões contribuído para a glória de Seu nome? Foi Jesus convidado a presidir sobre elas? CP 338 3 As reuniões sociais se podem tornar do mais alto proveito e instrução, quando os que se reúnem têm, a arder-lhes no coração, o amor de Deus, quando se reúnem para trocar idéias quanto à Palavra de Deus, ou para considerar métodos para o desenvolvimento de Sua obra e fazer bem a Seus semelhantes. Quando nada se diz ou faz para ofender o Espírito Santo de Deus, mas o mesmo é considerado como hóspede bem-vindo, então Deus é honrado, e os que se reúnem serão refrigerados e fortalecidos. CP 339 1 "Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dEle, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para Mim particular tesouro." Mal. 3:16, 17. CP 339 2 Tem havido, porém, em ______ uma espécie de reuniões sociais inteiramente diversas em seu caráter, reuniões de diversão, que têm sido um opróbrio às nossas instituições e à Igreja. Essas reuniões estimulam ao orgulho do vestuário, orgulho da aparência, à satisfação do próprio eu, ao riso e frivolidade. Satanás é recebido como hóspede de honra e toma posse dos que promovem essas reuniões. CP 339 3 A visão de um desses grupos me foi apresentada - grupo em que se achavam reunidas pessoas que professam crer na verdade. Uma dessas pessoas achava-se a um instrumento de música, e cantava canções tais que faziam chorar os anjos da guarda. Havia ruidosa alegria, havia riso vulgar, abundância de entusiasmo e uma espécie de inspiração; mas a alegria era daquela espécie que unicamente Satanás é capaz de produzir. É um entusiasmo e uma absorção de que os que amam a Deus se envergonharão. Preparam os que deles participam para pensamentos e ações profanos. Tenho motivos para pensar que alguns dos que tomaram parte naquela cena se arrependeram sinceramente do vergonhoso ato. CP 340 1 Muitas reuniões dessa espécie me foram mostradas. Tenho visto a alegria, a exibição de vestidos, o adorno pessoal. Todos querem ser considerados inteligentes, e entregam-se ao riso, aos tolos gracejos, à lisonja vulgar e às ruidosas gargalhadas. Cintilam os olhos, as faces ficam coradas, e a consciência adormece. Comendo, bebendo e alegrando-se, fazem eles o que podem para se esquecer de Deus. A cena de prazer é seu paraíso. E o Céu contempla, vendo e ouvindo tudo. CP 340 2 O teor da conversação revela o que se encontra no coração. A palestra comum e vulgar, as palavras de lisonja, o tolo humorismo, visando a suscitar o riso, são as mercadorias de Satanás, e todos quantos condescendem com essa conversa estão comerciando com os seus artigos. Sobre os que ouvem tais coisas causam-se impressões semelhantes às que produziram em Herodes a dança da filha de Herodias. Todos esses atos são registrados nos livros do Céu; e no último e grande dia eles aparecerão diante dos culpados em seu verdadeiro aspecto. Então, todos reconhecerão neles as sedutoras e ilusórias operações do diabo a fim de os levar para a estrada larga e à porta espaçosa que conduz à perdição. CP 340 3 Satanás tem estado a multiplicar seus ardis em ______; e professos cristãos de caráter e experiência religiosa superficiais são por ele empregados como engodo. Essa classe está sempre pronta para as reuniões sociais ou de esporte, e sua influência atrai a outros. Rapazes e moças que têm procurado ser cristãos bíblicos, são persuadidos a unir-se ao grupo, arrastados para o círculo. Não consultam com oração a norma divina, para saber o que Cristo disse quanto ao fruto que deve ser produzido pela árvore cristã. Não discernem que esses entretenimentos são na verdade banquetes de Satanás, preparados com o intuito de impedir almas de aceitarem o convite para as bodas do Cordeiro, e de receberem o vestido branco do caráter - a justiça de Cristo. Ficam confundidos quanto ao que é direito fazerem como cristãos. Não querem que os julguem diferentes, e naturalmente se inclinam a seguir o exemplo dos outros. Caem assim sob a influência dos que nunca tiveram o divino toque no coração ou na mente. ... A Atitude do Cristão CP 341 1 O eterno Deus traçou a linha de distinção entre os santos e os pecadores, os convertidos e os não-convertidos. As duas classes não se misturam imperceptivelmente, como as cores do arco-íris. São tão distintas como o meio-dia e a meia-noite. CP 341 2 Os que buscam a justiça de Cristo, demorar-se-ão sobre os temas da grande salvação. A Bíblia é o celeiro que lhes fornece à alma o alimento nutritivo. Meditam sobre a encarnação de Cristo, contemplam o grande sacrifício feito para salvá-los da perdição, para trazer o perdão, a paz e a justiça eterna. A alma arde com esses grandes e elevados temas. A santidade e a verdade, a graça e a justiça, ocupam os pensamentos. Morre o eu, e Cristo vive em Seus servos. Na contemplação de Sua Palavra, arde-lhes o coração, como aconteceu com o dos dois discípulos enquanto iam para Emaús, e Cristo caminhava com eles, expondo-lhes as escrituras referentes a Ele. CP 342 1 Quão poucos compreendem que Jesus, invisível, está caminhando ao seu lado! Como muitos se sentiriam envergonhados ao ouvir-Lhe a voz a falar-lhes, e saber que Ele ouvira todas as suas tolices, sua vulgar conversação! E quantos corações arderiam com santa alegria, se tão-somente soubessem que o Salvador lhes estava ao lado, e que a santa atmosfera de Sua presença os estava circundando, e eles se estavam nutrindo do pão da vida! Como agradaria ao Salvador ouvir Seus seguidores falando nas preciosas lições com que os instrui, e saber que eles se deleitam nas coisas santas! CP 342 2 Quando a verdade habita no coração, não há lugar para a crítica dos servos de Deus, ou para procurar defeitos na mensagem que Ele envia. Aquilo que está no coração fluirá dos lábios. Não pode ser reprimido. As coisas que o Senhor preparou para os que O amam serão o tema de conversação. O amor de Cristo está na alma como uma fonte de água, saltando para a vida eterna, enviando correntes vivas, que levarão vida e alegria aonde quer que brotarem. Testemunho Especial Para a Igreja de Battle Creek, em 18 de novembro de 1896. CP 342 3 Os cristãos têm à sua disposição muitas fontes de felicidade, e podem dizer com infalível exatidão que prazeres são lícitos e corretos. Podem fruir recreações de molde a não prejudicarem a mente nem depreciarem a alma, as que não hão de decepcionar, deixando após si uma triste influência a destruir o respeito próprio, ou entravar o caminho da utilidade. ------------------------Capítulo 48 -- Feriados Para Deus CP 343 1 Não seria correto de nossa parte observar feriados para Deus, quando poderíamos reviver em nosso espírito a lembrança de Seu trato conosco? Não estaria correto considerar Suas bênçãos passadas, lembrar as impressivas advertências que nos têm chegado à alma, para que não esqueçamos a Deus? CP 343 2 O mundo tem muitos feriados, e os homens ficam absorvidos com esportes, corridas de cavalos, jogos de azar, fumo e bebida. Mostram claramente sob que bandeira se acham. Tornam evidente não estar sob a bandeira do Príncipe da vida, mas que o príncipe das trevas os governa e controla. CP 343 3 Não deveria o povo de Deus ter mais freqüentemente santas convocações em que agradecer a Deus Suas preciosas bênçãos? Não encontraremos tempo para louvar a Deus pelo descanso, a paz e a alegria que nos dá, e para tornar manifesto, mediante diárias ações de graças, que apreciamos o grande sacrifício feito em nosso favor a fim de podermos ser participantes da natureza divina? Não falaremos da perspectiva de repouso no Paraíso de Deus, nem contaremos a honra e a glória reservadas aos servos de Jeová? "Meu povo habitará em... moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso" (Is 32:18). Vamos com destino ao lar, em busca de uma pátria melhor - uma pátria celestial. CP 343 4 O mundo está cheio de atrativos. Os homens agem como se estivessem loucos por coisas baixas e vulgares, que não satisfazem. Como os vi agitados por causa do resultado de uma partida de críquete! Vi as ruas de Sydney, por vários quarteirões, densamente apinhadas. Indagando o motivo da agitação, foi-me dito que um perito jogador de críquete ganhara a partida. Senti-me triste. CP 344 1 Por que não são os escolhidos de Deus mais entusiastas? Estão lutando por uma coroa imortal, por uma pátria em que não haverá necessidade de luz do Sol ou de Lua, ou de qualquer lâmpada; pois o Senhor Deus lhes proporciona luz, e eles reinarão para todo o sempre. Sua vida correrá paralela à existência de Deus; mas a candeia dos ímpios extinguir-se-á em ignominiosa escuridão, e então os justos resplandecerão como o Sol no reino de seu Pai. ... CP 344 2 Não recomendo reuniões sociais em que a juventude se ajunta para mera diversão, para empenhar-se em conversas frívolas, destituída de senso, e onde se faz ouvir alto e ruidoso riso. Não recomendo a espécie de reuniões em que há um rebaixamento da dignidade, apresentando a cena o aspecto de fraqueza e insensatez. CP 344 3 Muitas vezes, rapazes por quem os seres celestes têm estado a esperar a fim de os contar como missionários de Deus são atraídos para as reuniões de diversão, sendo arrastados pelas fascinações de Satanás. Em vez de temerem prosseguir em suas relações com moças cuja profundidade mental facilmente se pode medir, cujo caráter é vulgar, enamoram-se delas, e contratam casamento. Satanás sabe que, se esses jovens noivam com moças de espírito vulgar, amantes de prazer, de espírito mundano e irreligiosas, ligam-se a pedras de tropeço. Sua utilidade será grandemente prejudicada, quando não inteiramente destruída. Mesmo se esses rapazes chegam a fazer completa entrega de si mesmos a Deus, verificarão, todavia, ser grandemente entravados por estar ligados a uma esposa inexperiente e indisciplinada, sem qualidades cristãs, morta para Deus, morta para a piedade e morta para a santidade genuína. Sua existência se demonstrará insatisfatória e infeliz. CP 345 1 As reuniões para divertimento confundem a fé, e tornam o motivo confuso e incerto. O Senhor não aceita corações divididos. Quer o homem todo. Ele fez tudo quanto há no homem. Ofereceu um sacrifício completo para redimir seu corpo e a alma. O que Ele requer daqueles a quem criou e redimiu resume-se nas palavras: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22:37, 39). Deus não aceitará nada menos do que isso. Special Testimonies on Education, p. 80-83. CP 345 2 "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia" (1Co 10:12). Não pode haver mais fatal presunção do que a que leva os homens a se aventurarem no caminho da condescendência consigo mesmos. A esta solene advertência de Deus não devem os pais e mães dar ouvidos? Não devem indicar fielmente aos jovens os perigos, constantemente a se erguerem para os desviar de Deus? ------------------------Capítulo 49 -- Como Passar os Feriados CP 346 1 A recreação é necessária aos que se acham ocupados em esforço físico, e, mais ainda, essencial àqueles cujo trabalho é especialmente mental. Não é essencial à nossa salvação, nem para a glória de Deus, manter o espírito em contínuo e excessivo trabalho, mesmo sobre temas religiosos. Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, etc., que não podemos aprovar, porquanto o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito sedutor, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. CP 346 2 Vi que não se devem passar nossos feriados a exemplo do mundo, mas não devemos passá-los por alto, pois isso traria descontentamento aos nossos filhos. Nestes dias em que há perigo de serem expostos às más influências e corrompidos pelos prazeres e exaltações do mundo, estudem os pais o meio de proporcionar-lhes alguma coisa que substitua entretenimentos mais perigosos. Dai a entender a vossos filhos que tendes em vista seu bem-estar e felicidade. CP 346 3 Unam-se várias famílias que residem numa cidade ou vila, e deixem as ocupações que as cansaram física e mentalmente, e façam uma excursão ao campo, às margens de um belo lago, ou a um bonito bosque, onde seja lindo o cenário da natureza. Devem prover-se de alimento simples e saudável, das melhores frutas e cereais, pondo a mesa à sombra de alguma árvore ou sob a abóbada celeste. A viagem, o exercício e o panorama despertarão o apetite e poderão apreciar uma refeição que causaria inveja aos próprios reis. CP 347 1 Nessas ocasiões, pais e filhos devem sentir-se livres dos cuidados, do trabalho e de toda preocupação. Os pais devem sentir-se pequenos com seus filhos, tornando-lhes tudo tão agradável quanto possível. Seja o dia todo uma contínua recreação. CP 347 2 O exercício ao ar livre, para aqueles cujo trabalho é dentro de casa e sedentário, lhes beneficiará a saúde. Todos os que podem devem sentir o dever de seguir este procedimento. Nada se perderá; mas ganhar-se-á muito. Tornarão às suas ocupações com nova vida e novo ânimo para empreender de novo sua tarefa com mais zelo, e estarão melhor preparados para resistir à enfermidade. Testimonies, v. 1, p. 514, 515. CP 347 3 Muitos permitem aos jovens assistirem a reuniões de diversão, julgando que o divertimento é essencial à saúde e à felicidade; quantos perigos, no entanto, há nessa orientação! Quanto mais satisfeito o desejo do prazer, tanto mais cultivado é ele, e mais forte se torna. A experiência da vida forma-se largamente da satisfação do próprio eu nas diversões. Deus nos manda estar em guarda. "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia" (1Co 10:12). ------------------------Capítulo 50 -- O Perigo nas Diversões CP 348 1 Recentes experiências em nossos colégios e hospitais, levaram-me a apresentar novamente instruções que me foram dadas pelo Senhor para os professores e os alunos de nossa escola de Cooranbong, na Austrália. CP 348 2 Em abril de 1900, foi designado na escola de Avondale um feriado para os obreiros cristãos. O programa do dia incluía uma reunião na capela, pela manhã, reunião em que eu e outros falamos aos alunos, chamando-lhes a atenção para o que Deus operara no estabelecimento dessa escola, e para seu privilégio e oportunidades como estudantes. CP 348 3 Após a reunião, o restante do dia foi passado pelos alunos em várias brincadeiras e esportes, alguns dos quais eram frívolos, rudes e grotescos. CP 348 4 Na noite seguinte, parecia-me estar assistindo às partes do programa da tarde. A cena foi-me claramente mostrada, sendo-me dada uma mensagem para o diretor e os professores da escola. CP 348 5 Foi-me mostrado que, nas diversões daquela tarde na escola, o inimigo obtivera a vitória, e os professores haviam sido pesados na balança e achados em falta. Senti-me grandemente aflita e preocupada ao pensar que os que se achavam em posições de responsabilidade, abrissem a porta e, por assim dizer, convidassem o inimigo a entrar; pois assim o haviam feito ao permitir o que havia ocorrido. Como professores, deviam ter-se mantido firmes, não dando lugar ao inimigo em qualquer sentido que fosse. Com o que consentiram, mancharam seu registro e entristeceram o Espírito de Deus. Os alunos foram animados em uma direção cujos efeitos não se anulariam facilmente. Não há limite ao caminho dos vãos divertimentos, e todo passo dado é dado em caminho não trilhado por Cristo. CP 349 1 Esta introdução de planos errados, era mesmo aquilo contra que se deveriam ter cuidadosamente guardado. A escola de Avondale foi estabelecida não para ser semelhante às escolas do mundo, mas, como Deus revelou, para ser uma escola-modelo. E uma vez que devia ser uma instituição modelar, aqueles que lhe estavam na liderança deveriam haver aperfeiçoado tudo segundo o plano de Deus, rejeitando tudo quanto não estivesse em harmonia com Sua vontade. Houvessem os olhos dessas pessoas sido ungidos com o colírio celestial, e teriam compreendido que não podiam permitir a parte que ocorreu à tarde, sem desonrar a Deus. CP 349 2 Na manhã de quarta-feira, quando falei aos alunos e a outros que ali se haviam reunido, dirigindo-lhes as palavras que me foram dadas pelo Senhor para dizer, eu nada sabia do que devia ocorrer depois, porquanto nenhuma informação a esse respeito me fora dada. Como podiam os dirigentes da escola harmonizar com as palavras proferidas o procedimento que se seguiu, o qual era de molde a tornar de nenhum efeito as instruções que lhes acabavam de vir da parte de Deus? Não estivessem grandemente obliteradas suas percepções, e teriam compreendido que essas instruções constituíam uma repreensão a toda conduta semelhante. CP 349 3 Senti profundamente a importância das palavras que o Senhor me deu nessa ocasião para os professores e os estudantes. Essas instruções apresentavam aos alunos deveres da mais elevada ordem; e apagar pelas diversões em que tomaram parte depois, as boas impressões produzidas, era, virtualmente, dizer: "Não queremos Teu caminho, ó Deus; queremos nosso próprio caminho; queremos seguir nossa própria sabedoria." CP 350 1 Durante a noite, fui testemunha do que se realizara nos terrenos da escola. Os alunos que tomaram parte na grotesca pantomima apresentada, representaram a mente do inimigo, alguns por maneira muito imprópria. Foi-me apresentada uma visão das coisas, visão em que os alunos estavam jogando partidas de tênis e de críquete. Foram-me dadas então instruções quanto ao caráter dessas diversões. Elas me foram mostradas como uma espécie de idolatria, como os ídolos das nações. CP 350 2 Havia, no campo de brinquedos, mais que espectadores visíveis. Satanás e seus anjos ali estavam, produzindo impressões nas mentes humanas. Anjos de Deus, que ministram aos que hão de herdar a salvação, também se achavam presentes, não para aprovar, mas para dar sua desaprovação. Sentiam-se envergonhados de que tal exibição fosse apresentada por professos filhos de Deus. As forças do inimigo obtiveram decidida vitória, sendo Deus desonrado. Aquele que deu a vida para purificar, enobrecer e santificar os seres humanos, foi ofendido com o que ali se fez. CP 350 3 Ouvindo uma voz, volvi-me a ver quem falava comigo. Então, digna e solenemente, disse Alguém: "É esta a celebração do aniversário da fundação da escola? É esta a oferta de gratidão pelas bênçãos que Ele vos tem concedido? O mundo faria, nesta comemorativa ocasião, uma oferta tão aceitável como essa. Os professores estão praticando o erro repetidas vezes cometido. Deviam aprender sabedoria das experiências do passado. O mundo descuidoso, destituído de piedade, pode outorgar abundância de tais ofertas, e de maneira muito mais aceitável." CP 351 1 Volvendo-Se para os professores, Ele disse: "Cometestes um erro cujos efeitos difícil será neutralizar. O Senhor Deus de Israel não é glorificado na escola. Se, nesta ocasião, o Senhor permitisse findar a vossa vida, muitos estariam perdidos, eternamente separados de Deus e da justiça." A Conseqüência de um Desvio CP 351 2 Essas coisas são a repetição do procedimento de Arão, quando, junto ao Sinai, permitiu o princípio do erro, consentindo entrar no acampamento de Israel o espírito de orgia e vulgaridade. Moisés estava no monte com Deus, e Arão tinha ficado com o cargo do povo. Ele manifestou sua fraqueza, não ficando firme contra as propostas desse povo. Poderia haver exercido sua autoridade, impedindo a congregação de proceder mal; mas, da mesma maneira que, no lar, falhara quanto aos filhos, manifestou deficiência de administração no governo de Israel. Sua fraqueza como general foi revelada nesse desejo de agradar o povo, mesmo com sacrifício de princípios. Perdeu seu poder de comando, justo na primeira permissão que deu, consentindo que fossem em direção contrária às ordens de Deus nos mais insignificantes pormenores. Em resultado disso, penetrou o espírito de idolatria, e a corrente posta em movimento não pôde ser detida enquanto não foram tomadas severas e decisivas providências. CP 351 3 Levou tempo e uma enorme soma de labor e aflições para desfazer a influência do procedimento na escola de Avondale, naquela tarde de quarta-feira. A experiência, porém, foi uma lição que ajudou as pessoas à testa da escola a compreender a tendência de tais diversões. CP 352 1 Que espetáculo esse, para ser relatado pelos alunos aos amigos e conhecidos distantes! Era um testemunho, não do que Deus realizara na escola, mas do que Satanás aí fizera. Sérias são as conseqüências de um único desvio dessa ordem quanto às instruções dadas por Deus acerca de nossas escolas. Uma vez que sejam derrubadas as barreiras, o avanço do inimigo será assinalado, a menos que Deus humilhe os corações e converta os espíritos. CP 352 2 O esforço de reconquistar aquilo que se perdera pelo procedimento daquela tarde custou muito trabalho aos professores. Eles foram severamente provados. Manifestou-se da parte dos estudantes o desejo de mais prazer e menos consideração pelas instruções da Palavra de Deus. O Senhor do Céu foi assim desonrado, e a educação recebida foi a condescendência para com os desejos do coração humano quanto ao pecado e ao amor do prazer. CP 352 3 Que os educadores da juventude rejam-se segundo os altos e santos princípios que Cristo deu em Sua Palavra. Lembrem-se de que devem reconquistar, o mais rapidamente possível, o terreno perdido, a fim de poderem trazer para nossas escolas a espiritualidade que se via nas escolas dos profetas. A Bíblia Como Orientador CP 352 4 Os mestres necessitam íntimo conhecimento da Palavra de Deus. A Bíblia, e ela tão-somente, deve ser seu orientador. A Palavra de Deus é como as folhas da árvore da vida. Nela se satisfaz toda necessidade dos que lhe amam os ensinos e os introduzem na vida prática. Muitos dos alunos que vêm para nossas escolas, embora tenham sido batizados, são não-convertidos. Ignoram o que seja ser santificado mediante a crença na verdade. Deviam ser ensinados a estudar e compreender a Bíblia, a receber suas verdades no coração e segui-las na vida diária. Assim se tornarão fortes no Senhor; pois os nervos e os músculos espirituais nutrem-se do pão da vida. CP 353 1 O Senhor deseja que Seus mordomos desempenhem fielmente os deveres que lhes cabem, em Seu nome, e no Seu poder. Crendo na Palavra e agindo sobre os ensinos da mesma, poderão avançar vitoriosos, e para vencer. Mas quando os homens se apartam dos princípios da justiça, concebem elevada opinião acerca da própria bondade e aptidões, exaltando-se, inconscientemente, a si mesmos. O Senhor permite que essas pessoas avancem sós, sigam os próprios caminhos. Dá-lhes então oportunidade de se verem a si mesmas tais como são, e de manifestar a outros sua fraqueza. Está ensinando que o caminho do Senhor deve ser sempre estritamente seguido, que Sua Palavra deve ser tomada ao pé da letra, e que os homens não devem imaginar e planejar segundo o próprio discernimento, sem consideração para com o Seu conselho. CP 353 2 Nossas escolas devem ser como as escolas dos profetas. Nelas se devem estudar diligentemente as verdades bíblicas. Sendo devidamente postas perante o espírito e consideradas com reflexão, essas verdades darão aos alunos o desejo daquilo que é infinitamente mais elevado que as diversões mundanas. À medida que eles se aproximarem mais de Deus, tornando-se participantes da natureza divina, os entretenimentos de origem terrena diminuirão de vulto, dissipando-se em fumo. O espírito dos alunos tomará mais elevada direção e, contemplando o caráter de Jesus, esforçar-se-ão por ser semelhantes a Ele. Ocupação Útil e Prazer Egoísta CP 354 1 Em lugar de prover diversões que apenas distraem, devia-se tomar providência para proporcionar exercícios que tenham utilidade. Os alunos são enviados a nossas escolas a fim de receber educação que os habilite a sair como obreiros na causa de Deus. Satanás quer levá-los a crer que as diversões são necessárias à saúde física; mas o Senhor declara que a melhor maneira de obtê-la é fazerem eles exercício físico mediante o serviço manual, deixando que a ocupação útil tome o lugar do prazer egoísta. O desejo de divertimento, quando com ele se condescende, desenvolve em breve o desgosto pelo exercício útil e saudável do corpo e da mente - exercício este que tornará os estudantes eficientes em se ajudarem a si mesmos e aos outros. CP 354 2 Deus concede talentos aos homens, não para que fiquem sem uso, ou sejam empregados para satisfação do próprio eu, mas para que sejam empregados para benefício dos outros. Deus assegura aos homens o dom do tempo, com o desígnio de promover-Lhe a glória. Quando esse tempo é usado em prazer egoísta, as horas assim passadas são perdidas por toda a eternidade. CP 354 3 Nossa juventude deve ser circundada de sãs e enobrecedoras influências. Eles devem ser conservados no amor da verdade. Elevada deve ser a norma posta perante eles. ------------------------Capítulo 51 -- O Auxílio do Espírito Santo é Necessário aos Professores CP 357 1 O Espírito Santo nos foi dado como auxílio no estudo da Bíblia. Jesus prometeu: "Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14:26). Quando se faz da Bíblia o livro de estudo, com fervorosa súplica quanto à guia do Espírito e com uma entrega do coração para ser santificado pela verdade, tudo quanto Cristo prometeu se cumprirá. O resultado do estudo da Bíblia assim feito será uma mente bem equilibrada. Avivar-se-á a compressão; serão despertadas as sensibilidades. A consciência tornar-se-á sensível; as simpatias e sentimentos se purificarão; criar-se-á melhor atmosfera moral; e novo poder será comunicado para resistir à tentação. Mestres e professores se tornarão ativos e diligentes na obra de Deus. CP 357 2 Muitos professores manifestam certa disposição de não serem tão profundos ao transmitir as instruções religiosas. Contentam-se com um serviço feito com coração dividido, servindo ao Senhor apenas para escapar ao castigo do pecado. Essa negligência afeta-lhes o ensino. A experiência que não desejam para si mesmos, não têm ansiedade de ver os discípulos adquirirem. O que lhes foi comunicado em bênção, têm posto de lado como elemento perigoso. As oferecidas visitas do Espírito Santo são recebidas com as palavras de Félix a Paulo: "Por agora, vai-te, em tendo oportunidade, te chamarei" (At 24:25). Desejam outras bênçãos; mas não aquilo que Deus está mais desejoso de dar do que um pai deseja oferecer boas dádivas a seus filhos; aquilo que é abundantemente oferecido, segundo as ilimitadas riquezas de Deus, e que, se recebido, traria consigo todas as outras bênçãos - que palavras empregarei eu que sejam suficientes para exprimir o que tem sido feito com referência a isso? O celeste Mensageiro tem sido repelido por vontade resoluta. Os professores virtualmente têm dito: "Até aqui irás com os meus alunos, mas não mais adiante. Não necessitamos de entusiasmo em nossa escola, nem de animação. Estamos mais satisfeitos de trabalhar nós mesmos com os estudantes." Assim se tem desprezado o bom Mensageiro de Deus. CP 358 1 Não estão os professores de nossas escolas em risco de blasfêmia, de acusar o Espírito Santo de ser um poder enganador, conducente ao fanatismo? Onde estão os educadores que preferem a neve do Líbano, que vem da rocha do campo, ou as frescas e fluentes águas vindas de outro lugar, às águas turvas do vale? CP 358 2 Uma sucessão de chuvas de águas vivas vos têm sobrevindo, a vós, em Battle Creek. Cada chuveiro era uma sagrada comunicação de influência divina; no entanto, não o reconhecestes como mundanas. Em vez de sorver copiosamente das correntes da salvação tão abundantemente a vós oferecidas mediante a influência do Espírito Santo, volveste-vos a satisfazer a sede da alma nas poluídas fontes da ciência humana. O resultado tem sido corações endurecidos na escola e na Igreja. Os que se satisfazem com uma pequenina espiritualidade têm ido ao ponto de quase se incapacitar para apreciar as profundas operações do Espírito de Deus. ... CP 359 1 Há necessidade de conversão do coração entre os professores. Requer-se genuína mudança de idéias e métodos de ensino a fim de os colocar onde mantenham relações pessoais com um Salvador vivo. Uma coisa é concordar com a obra do Espírito na conversão, e outra o aceitar a atuação desse Espírito como reprovador, a chamar ao arrependimento. É necessário que tanto os professores como os alunos não somente concordem com a verdade mas que tenham profundo conhecimento prático das operações do Espírito. Suas advertências são dadas por causa da incredulidade dos que professam ser cristãos. ... CP 359 2 Vós, que há muito perdestes o espírito de oração, orai, orai fervorosamente: "Tem piedade de Tua sofredora causa, piedade da Igreja, tem piedade dos crentes individualmente, ó Tu, Pai das misericórdias! Tira de nós tudo quanto contamina. Nega-nos o que quiseres, mas não retires de nós o Teu Santo Espírito." CP 360 3 Existem e sempre existirão pessoas que não agem com sabedoria; pessoas que, sendo proferidas palavras de dúvidas ou incredulidade, renunciam à convicção, preferindo seguir a própria vontade; e por causa das deficiências de tais pessoas, Cristo tem sido vituperado. Pobres e finitos mortais têm julgado o rico e precioso derramamento do Espírito, exprimindo seu juízo a esse respeito, como os judeus condenaram a obra de Cristo. CP 360 4 Compreenda-se, em toda as instituições dos Estados Unidos, que não vos é comissionado o dirigir a obra do Espírito Santo, e dizer de que maneira ela se apresentará. Sois culpados de havê-lo feito. Que o Senhor vos perdoe, é a minha oração. Em vez de ser reprimido e afugentado, como tem sido, o Espírito Santo deve ser bem acolhido, e Sua presença animada. CP 360 1 Quando vos santificardes mediante a obediência da Palavra, o Santo Espírito vos dará vislumbres das coisas celestiais. Quando buscardes a Deus com humilhação e fervor, as palavras que tendes proferido em tons congelantes arderão em vosso coração; a verdade não enfraquecerá então em vossa língua. ... CP 360 2 Professores, confiai em Deus e avançai. "Minha graça te basta" (2Co 12:9), é a afirmação do grande Mestre. Apoderai-vos da inspiração dessas palavras, e nunca, nunca faleis de dúvida e incredulidade. Sede enérgicos. Não há serviço pela metade na pura e incontaminada religião. "Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças" (Mc 12:30). A mais altamente santificada ambição se exige da parte dos que acreditam na Palavra de Deus. CP 360 3 Dizei aos vossos discípulos que o Senhor Jesus tomou todas as providências para que eles marchem avante vitoriosos, e para vencer. Levai-os a confiar na divina promessa: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada" (Tg 1:5). ... CP 360 4 De Deus, a fonte da sabedoria, procede todo conhecimento valioso para o homem, tudo quanto a inteligência pode aprender e conservar. O fruto da árvore que representa o bem e o mal não deve ser ansiosamente apanhado pela recomendação de alguém que foi outrora um anjo de luz e glória. Ele disse que, se o homem comer desse fruto, saberá o bem e o mal; todavia deixai-o de lado. O verdadeiro conhecimento não provém de homens infiéis ou ímpios. A Palavra de Deus é luz e verdade. A verdadeira luz irradia de Jesus Cristo, que "alumia a todo homem que vem ao mundo". João 1:9. Do Espírito Santo procede conhecimento divino. Ele sabe de que a humanidade necessita para promover paz, felicidade e sossego aqui no mundo, e para assegurar o descanso eterno no reino de Deus. Special Testimonies on Education, p. 26-31. O Esforço Humano é Essencial CP 361 1 A operação do Espírito de Deus não afasta de nós a necessidade de exercitar nossas faculdades e talentos, mas nos ensina a empregar toda capacidade para glória de Deus. As faculdades humanas, quando sob a orientação especial da graça divina, são susceptíveis de ser empregadas para os melhores desígnios na Terra. A ignorância não aumenta a humildade nem a espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da divina Palavra podem ser melhor apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser glorificado melhor por aqueles que O servem com inteligência. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a empregar de tal maneira o poder que Deus nos deu, que representemos a religião da Bíblia e promovamos a glória do Senhor. CP 361 2 Somos devedores Àquele que nos deu a existência, quanto aos talentos que nos foram confiados; e é um dever que temos para com nosso Criador o cultivar e desenvolver esses talentos. A educação disciplinará a mente, desenvolverá suas faculdades, e as dirigirá com entendimento para que sejamos úteis no promover a glória de Deus. CP 362 1 A vida eterna! Oh! se pudéssemos compreender isso nas lições dadas por Cristo! É essencial que as multidões hoje em dia compreendam as perguntas que os discípulos faziam ao Salvador depois que a turba se dispersava, e obedeçam aos ensinos que Ele lhes expunha então mais plenamente. A piedade prática precisa ser aprendida. Os que estudam e praticam os ensinos de Cristo, adquirirão a educação essencial no conhecimento da Bíblia. Pela norma da Palavra de Deus um dia todo professor será medido pelo maior Mestre que este mundo já conheceu. A crença nas grandes verdades que Ele apresentou operarão uma reforma em todos quantos realmente as receberem. CP 362 2 O amor da verdade tal como é em Jesus quer dizer o amor de tudo quanto se acha compreendido na verdade ensinada por Cristo. Esforcem-se os nossos professores por seguir-Lhe o exemplo, por nutrir Seu espírito de terna simpatia. Ninguém exclua de seu trabalho o amor de Cristo, mas pergunte cada um a si mesmo: Minha vida é coerente? Sou eu guiado pelo Espírito Santo? É o privilégio de todo mestre revelar o poder de um obreiro puro, coerente e amante de Cristo. O professor de tendência espiritual nunca terá uma religião incerta. Se ama na verdade o serviço de Cristo, terá discernimento e vida espirituais. ------------------------Capítulo 52 -- Deixar de Reconhecer o Mensageiro de Deus CP 363 1 A vós que viveis no próprio coração da obra, peço-vos que recapituleis a experiência de anos a esta parte, a ver se na verdade vos pode ser dirigido o "Bem está". Peço aos professores da escola que considerem cuidadosamente, com oração: Tendes vós, individualmente, vigiado vossa própria alma, como alguém que está cooperando com Deus para sua purificação de todo pecado, sua inteira santificação para Ele? Tendes vós, por preceito e por exemplo, ensinado à juventude a santificação ... mediante a verdade que leva à santidade e obediência a Deus? CP 363 2 Não tendes tido temor do Espírito Santo? Por vezes Ele tem vindo, com toda aquela influência que tudo penetra, à escola de Battle Creek, bem como às escolas de outras localidades. Acaso O reconhecestes? Dispensastes-Lhe a honra devida ao Mensageiro celeste? Quando o Espírito parecia estar lutando com os jovens, acaso dissestes: "Ponhamos todo estudo de parte; pois é evidente termos entre nós um Hóspede celeste; louvemos e honremos a Deus"? Porventura, de coração contrito, vos prostrastes em oração com vossos alunos, rogando que vos fosse dado receber as bênçãos que o Senhor estava oferecendo? CP 363 3 O próprio grande Mestre estava entre vós. De que maneira O honrastes? Era Ele um estranho para alguns dos educadores? Haveria necessidade de mandar vir uma pessoa de suposta autoridade para acolher ou repelir esse Mensageiro do Céu? Conquanto invisível, Sua presença estava entre vós. Não se exprimiu, no entanto, o pensamento de que na escola as horas deviam ser consagradas ao estudo, e que havia um tempo determinado para cada coisa? - como se os momentos dedicados ao estudo comum fossem demasiado preciosos para serem entregues à operação do Mensageiro celeste? CP 364 1 Se assim restringistes e repelistes o Espírito Santo de Deus, rogo-vos que vos arrependais disso o mais breve possível. Se alguém cerrou e passou cadeado à porta de vosso coração diante do Espírito de Deus, rogo-vos insistentemente que a descerreis, e oreis com fervor: "Habita em mim." Quando o Espírito Santo manifesta Sua presença em vossa sala de aula, dizei aos alunos: "O Senhor dá a entender que tem hoje para nós uma lição de importância celeste, lição mais valiosa que as que temos nos ramos comuns de ensino. Escutemos; curvemo-nos perante Deus, e O busquemos de todo o coração." CP 364 2 Permiti-me dizer-vos o que sei da presença desse Hóspede celestial. O Espírito Santo estava Se movendo por sobre os alunos durante as horas de aula; alguns corações, porém, achavam-se tão frios e obscurecidos que não sentiam desejo dessa presença, e a luz de Deus foi retirada. O Visitante celestial teria aberto o entendimento, teria dado sabedoria e conhecimento em todos os ramos de estudo que se pudessem empregar para a glória de Deus. Ele veio para convencer do pecado, e abrandar os corações endurecidos pelo longo afastamento de Deus. Veio para revelar o grande amor com que Deus tem amado a esses jovens. ... CP 364 3 Nossa conduta deve ser regida por um princípio de origem divina, que nos ligue a Deus. Isso não será de maneira alguma obstáculo ao estudo da verdadeira ciência. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10); e o homem que consente em ser moldado segundo a semelhança divina, se torna a mais nobre das obras de Deus. Todos quantos vivem em comunhão com o Criador, compreenderão Seus desígnios em criá-los. Terão o senso de sua própria responsabilidade para com Deus quanto ao emprego, para os melhores fins, das faculdades de que foram dotados. Não procurarão glorificar-se nem depreciar-se a si mesmos. ... O Ideal de Deus Para o Homem CP 365 1 A religião de Cristo jamais degrada o que a aceita. Não o torna absolutamente vulgar nem rústico, descortês ou cheio de suficiência própria, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, refina o gosto, santifica o discernimento e purifica e enobrece os pensamentos, sujeitando-os a Jesus Cristo. CP 365 2 O ideal de Deus para com Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o mais elevado pensamento humano. O Deus vivo deu em Sua santa lei um transcrito de Seu caráter. O maior Mestre que o mundo já conheceu é Jesus Cristo; e qual foi a norma dada por Ele a todos quantos nEle crêem? "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos Céus" (Mt 5:48). Como Deus é perfeito em Sua elevada esfera de ação, assim o homem pode ser perfeito em sua esfera humana. CP 365 3 O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo. Diante de nós abre-se uma senda de contínuo progresso. Temos um objeto a alcançar, uma norma a atingir, que incluem tudo que é puro, bom, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para a frente e para cima, rumo à perfeição do caráter. ... CP 365 4 Sem a operação divina, o homem não pode fazer nenhuma coisa boa. Deus chama todo homem ao arrependimento, todavia o homem não pode sequer arrepender-se, a não ser que o Espírito Santo lhe toque ao coração. O Senhor não quer, todavia, que homem algum espere até que julgue haver-se arrependido para então se dirigir a Jesus. O Salvador está de contínuo atraindo os homens ao arrependimento; só o que eles precisam é submeter-se ou deixar-se atrair, e o coração se lhes derreterá em contrição. CP 366 1 Nesta grande luta pela vida eterna, cabe ao homem uma parte a fazer - corresponder à operação do Espírito Santo. É necessário um conflito para romper com os poderes das trevas, e o Espírito nele opera a fim de isso realizar. O homem, porém, não é um ser passivo, para se salvar na indolência. É chamado a distender cada músculo e exercitar cada faculdade na luta pela imortalidade; todavia é Deus quem supre a eficiência. Nenhum ser humano pode ser salvo em indolência. O Senhor nos manda: "Porfiai por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão" (Lc 13:24). "Porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" (Mt 7:13, 14). Influências Profanas CP 366 2 Rogo aos alunos de nossas escolas que sejam sóbrios. A frivolidade dos jovens não é agradável a Deus. Suas brincadeiras e jogos abrem a porta a um mundo de tentações. Estão de posse da celeste dotação de Deus em suas faculdades intelectuais, e não devem permitir que seus pensamentos sejam vulgares e baixos. O caráter formado em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus revelará firmes princípios, puras e nobres aspirações. O Espírito Santo coopera com as faculdades da mente humana, sendo resultados certos os santos e elevados impulsos. ... CP 367 1 Minha alma sente-se profundamente comovida ante as coisas que me foram mostradas. Causa-me indignação de espírito o render-se tão pouca honra ao Deus vivo em nossas instituições, ao mesmo tempo que se honra tanto aquilo que é considerado talento superior, mas com que o Espírito Santo não tem nenhuma relação. O Espírito de Deus não é reconhecido e respeitado; os homens O têm rejeitado; Sua operação tem sido condenada como fanatismo, entusiasmo, inconveniente agitação. CP 367 2 Deus vê o que os cegos olhos dos educadores não discernem - que a imoralidade de toda espécie está lutando pela supremacia, operando contra as manifestações do poder do Espírito Santo. A mais vulgar conversação e as idéias baixas e pervertidas são entretecidas na textura do caráter e contaminam a alma. CP 367 3 As baixas e comuns reuniões sociais, festas para comer e beber, cantar e tocar instrumentos de música, são inspiradas por um espírito das regiões inferiores. Essas reuniões são uma oferenda a Satanás. As exibições nas manias do ciclismo são uma ofensa a Deus. Sua ira ateia-se contra os que tais coisas fazem. Pois nessas condescendências com o próprio eu, a mente se torna tão absorvida como na embriaguez da bebida. Abre-se a porta às companhias vulgares. Os pensamentos, soltos a correr em baixa direção, pervertem em breve todas as faculdades do ser. Como Israel outrora, os amantes de prazer comem e bebem, e se levantam para folgar. Há regozijo e bebedice, hilaridade e canções vulgares. Em tudo isso, os jovens estão seguindo o exemplo dos ímpios autores de alguns livros colocados em suas mãos para estudo. Tudo isso vai tendo sua influência sobre o caráter. CP 368 1 Os cabeças nessas frivolidades trazem sobre a causa uma nódoa que não se pode facilmente apagar. Ferem a própria alma, ficando com as cicatrizes pelo resto da vida. O malfeitor pode ver os próprios pecados, e arrepender-se, e Deus poderá perdoar ao transgressor; mas o poder de percepção que deve ser mantido sempre vivo e sensível para distinguir entre o sagrado e o comum é em grande medida destruído. ... CP 368 2 Insisto com todos a quem essas palavras venham a chegar: Pensai em vosso procedimento, "e olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra" (Lc 21:34, 35). Special Testimonies on Education, p. 202-212. CP 368 3 É uma contínua luta o estar alerta para resistir ao mal; vale a pena, porém, obter-se vitória após vitória sobre o próprio eu e os poderes das trevas. E se os jovens são experimentados e provados, como foi Daniel, que honra trazem eles a Deus mediante sua firme adesão ao direito! ------------------------Capítulo 53 -- A Operação do Espírito Santo CP 369 1 "A luz ainda está convosco por um pouco de tempo", disse Jesus. "Andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz" (Jo 12:35, 36). CP 369 2 Homens há, no Colégio de Battle Creek, que têm uma falsa idéia quanto ao que constitui dever. O Senhor Deus do Céu tem feito com que Seu Santo Espírito opere, de tempos a tempos, nos estudantes, na escola, a fim de que O reconheçam em todos os seus caminhos, de modo a poder-lhes dirigir os passos. Por vezes tem sido tão positiva a manifestação do Espírito Santo, que os estudos foram esquecidos, e o maior Mestre que o mundo já teve fez ouvir Sua voz, dizendo: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve" (Mt 11:28-30). CP 369 3 O Senhor batia à porta dos corações, e vi que se achavam presentes anjos de Deus. Parecia não haver nenhum esforço especial da parte dos professores para influenciar os alunos no sentido de darem atenção às coisas de Deus; Ele, porém, tinha na escola um Vigia, que, conquanto invisível, fazia sentir a própria influência. ... CP 369 4 O Senhor tem esperado longamente para comunicar ao coração as maiores, as mais genuínas alegrias. Todos quantos olham para Ele com inteiro coração, serão grandemente abençoados. Os que assim têm feito, obtiveram mais nítida visão de Jesus como Aquele que sobre Si carregou os seus pecados, como o todo-suficiente sacrifício feito em seu lugar, e foram ocultos na fenda da Rocha, para contemplar o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. Ao termos o senso do sacrifício de Cristo em nosso favor, nossos lábios volvem-se para os mais altos e exaltados temas de louvor. CP 370 1 Quando os estudantes assim olharam a Jesus, a suspensão de seus estudos não foi considerada como perda. Estavam colhendo vislumbres dAquele que é invisível. Buscaram fervorosamente ao Deus vivo, e a brasa viva do perdão foi-lhes posta nos lábios. O Espírito Santo operou não somente pelos que haviam perdido o primeiro amor, mas também por almas que nunca se haviam posto ao lado do Senhor. ... Os testemunhos de Sua graça e favor suscitaram regozijo no coração dos que assim foram abençoados, e conheceu-se que a salvação de Deus estava entre Seu povo. ... CP 370 2 Por que não havíamos de esperar que o Santo Vigia viesse a nossas escolas? Nossos jovens aí se encontram a fim de educar-se, de adquirir conhecimento do único Deus verdadeiro. Aí estão para aprender a apresentar a Cristo como um Salvador que perdoa o pecado. Acham-se aí a fim de juntar preciosos raios de luz, de modo a poder, por sua vez, difundir a luz. Estão aí para manifestar a amorável bondade do Senhor, falar de Sua glória, proclamar os louvores dAquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. ... CP 370 3 Repetidamente tem sido o celeste Mensageiro enviado à escola. Ao ser-Lhe reconhecida a presença, dissipou-se a escuridão, brilhou a luz, sendo corações atraídos para Deus. As últimas palavras dirigidas por Cristo a João foram: "O Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida" (Ap 22:17). Quando respondermos a Deus, e dissermos: "Senhor, aqui estamos", então, com alegria tiraremos água das fontes da salvação. CP 371 1 Não manteremos santas festividades ao Senhor? Não mostraremos possuir certo entusiasmo em Seu serviço? Com o grande, e enobrecedor tema da salvação diante de nós, seremos nós tão frios como estátuas de mármore? Se os homens tanto se podem agitar em torno de uma partida de críquete, ou uma corrida de cavalos, ou de frívolas coisas que nenhum bem produzem a ninguém, ficaremos nós insensíveis ao ser desdobrado diante de nós o plano da salvação? Celebrem portanto a escola e a igreja festividades de regozijo ao Senhor. Special Testimonies on Education, p. 77-82. O Perigo de Professores Sábios Segundo o Mundo CP 371 2 Todos os tesouros do Céu foram confiados a Jesus Cristo a fim de que Ele passasse essas preciosas dádivas ao diligente e perseverante em as buscar. Ele "para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (1Co 1:30). Mas até as orações de muitas pessoas são tão formais que não exercem influência para o bem. Não são um cheiro de vida. CP 371 3 Se os professores humilhassem o coração diante de Deus e compreendessem as responsabilidades que aceitaram ao tomar o encargo dos jovens a fim de os educarem para a vida futura e imortal, ver-se-ia em breve assinalada mudança em sua atitude. Suas orações não seriam áridas e destituídas de vida, mas orariam com o fervor das almas que sentem o próprio perigo. Aprenderiam dia a dia de Jesus, tomando a Palavra de Deus como seu guia, tendo o vivo senso de ser ela a voz divina, e a atmosfera que lhes rodeia a alma sofreria positiva mudança. A tentação de ser o primeiro extinguir-se-ia com as lições diariamente aprendidas na escola de Cristo. Não se apoiariam tão confiantemente no próprio entendimento. ... CP 372 1 Os professores em nossas escolas acham-se hoje em risco de seguir o mesmo caminho dos judeus dos dias de Jesus. Seja qual for sua posição, embora se orgulhem de suas aptidões para ensinar, a menos que descerrem as câmaras do templo da alma aos brilhantes raios do Sol da Justiça, acham-se inscritos nos livros do Céu como incrédulos. Por preceito e por exemplo, eles interceptam os raios de luz que deviam chegar aos alunos. Seu perigo consiste em se concentrarem em si mesmos, em se considerarem demasiado sábios para serem instruídos. CP 372 2 Vivemos em um mundo cheio de corrupção, e se não recebermos no coração o Cristo vivo, crendo e observando Suas palavras, ficaremos tão cegos como os judeus. Todos os professores precisam captar todo raio de luz celeste que incida em seu caminho; pois, como instrutores, necessitam de luz. Alguns dizem: "Sim, penso que estou ansioso por isto"; enganam-se, no entanto. Onde buscais vossa luz? De que fonte tendes bebido? Tenho a palavra do Senhor de que não poucos professores têm deixado as nevadas águas do Líbano pelas turvas correntes do vale. Unicamente Deus nos pode guiar com segurança por caminhos que conduzem à pátria melhor. Mas os mestres que não estão diligente e inteligentemente buscando essa terra melhor induzem os que estão sob sua influência a ser descuidosos, e a negligenciar a grande salvação para eles comprada a infinito preço. CP 373 1 Íntima ligação com Deus deve ser mantida por todos os nossos professores. Se Deus enviasse Seu Santo Espírito a nossas escolas para moldar corações, elevar o intelecto, e dar aos estudantes sabedoria divina, pessoas há que, em seu estado atual, se interporiam entre Deus e os que necessitam de luz. Não compreenderiam a obra do Espírito Santo; jamais a compreenderam; ela lhes foi, no passado, um tão grande mistério como eram as lições de Cristo para os judeus. A operação do Santo Espírito de Deus não é criar curiosidade. Não compete aos homens decidir se porão as mãos nas manifestações do Espírito de Deus. Devemos deixar o Senhor operar. CP 373 2 Quando os mestres estiverem dispostos a sentar-se na escola de Cristo, e aprender do grande Mestre, saberão muito menos, aos seus próprios olhos, do que agora sabem. Quando Deus Se tornar o mestre, será reconhecido e Seu nome magnificado. Os alunos serão como os jovens das escolas dos profetas, sobre quem vinha o Espírito de Deus, e eles profetizavam. CP 373 3 O grande adversário das almas está buscando introduzir em todas as nossas instituições uma atmosfera morta, destituída de vida espiritual. Trabalha a fim de torcer e desviar toda circunstância para proveito próprio, com exclusão de Jesus Cristo. Hoje, como nos dias de Jesus, Deus não pode realizar poderosas obras em virtude da incredulidade dos que se acham nas posições de responsabilidade. É necessário o poder de Deus para converter, antes de eles virem a compreender a Sua Palavra, e disporem-se a humilhar-se perante Ele como discípulos. Aperfeiçoamento nas Escolas do Mundo CP 374 1 Diz-nos a profecia que nos achamos próximos do fim do tempo. A capacidade intelectual, as naturais aptidões e o suposto discernimento excelente, não prepararão os jovens para se tornarem missionários no serviço de Deus. Pessoa alguma que busque educar-se para a obra e o serviço do Senhor, se tornará mais completa em Jesus Cristo recebendo o suposto toque final em ______, seja no sentido literário, seja no da medicina. Muitos se tornaram inaptos para o trabalho missionário, devido a terem freqüentado tais escolas. Desonraram a Deus por havê-Lo deixado à margem, aceitando o homem como seu ajudador. "Aos que Me honram honrarei", declara Deus, "porém os que Me desprezam serão envilecidos" (1Sm 2:30). ... CP 374 2 A Palavra de Deus deve ser recebida como fundamento e coroa de nossa fé. Deve ser recebida com o entendimento, e de todo o coração; ela é vida, e deve ser incorporada à nossa própria existência. Assim recebida, a Palavra de Deus humilhará o homem junto ao escabelo da misericórdia, e separá-lo-á de toda má influência. CP 374 3 Isaías disse: "No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o Seu séquito enchia o templo. Os serafins estavam acima dEle; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a Terra está cheia da Sua glória. E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça" (Is 6:1-4). Contemplando esta grande e gloriosa apresentação, o profeta discerniu as próprias imperfeições, e daqueles com quem habitava. "Ai de mim", exclamou, "que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" (Is 6:5). Oh! quantos dos que se empenham nesta obra de responsabilidade necessitam contemplar a Deus assim como fez Isaías! pois em presença de Sua glória e majestade, o próprio eu se amesquinha e aniquila. Special Testimonies on Education, p. 165-170. CP 375 1 Unicamente à medida que se manifesta a vida mais elevada segundo se revela nos ensinos de Cristo, pode qualquer sabedoria e instrução ser, com justiça, chamada de educação superior; e tão-somente mediante o auxílio do Espírito Santo pode essa educação ser obtida. O estudo da ciência natural, feito pelo homem desajudado do Espírito Santo, carece dos preciosos elementos que Cristo deseja que ele aprenda quanto ao mundo natural; pois deixa de ser instruído nas grandes e importantes verdades que dizem respeito à salvação. CP 376 1 Há, no entendimento humano, grandes possibilidades, quando ligado ao verdadeiro Mestre, que, em Sua apresentação das coisas do mundo natural, revela a verdade em seu aspecto prático. Deus opera de maneira invisível no coração humano. Sem o poder divino operando no entendimento, a mente humana não pode apreender os sentimentos da elevada e enobrecedora verdade; não pode ler o livro da natureza nem entender a singeleza da piedade que aí se encontra. Quando a mente humana se liberta de influências perversoras, será capaz de receber as lições de Cristo. Mas homem algum por si mesmo pode compreender a verdadeira ciência da educação, senão quando Deus em Sua sabedoria, por meio de Seu Santo Espírito, santificar-lhe a observação. CP 376 2 Se os alunos de nossos colégios fossem firmes e mantivessem a integridade, se não se associassem aos que andam nos caminhos do pecado, nem fossem seduzidos por sua companhia, sentiriam, como Daniel, o favor de Deus. Se rejeitassem as diversões inúteis e a condescendência com o apetite, teriam a mente clara para a busca do conhecimento. Adquiririam assim uma força moral que os habilitaria a permanecer inabaláveis quando assaltados pela tentação. CP 376 3 Os que se acham ligados a nossas instituições, em posições de responsabilidade, deviam tomar sobre si o encargo de zelar pelas almas dos que são colocados sob seu cuidado. ------------------------Capítulo 54 -- O Falso e o Verdadeiro na Educação CP 377 1 O espírito mestre na confederação do mal trabalha continuamente para ocultar as palavras de Deus, colocando em evidência as opiniões dos homens. Ele quer que não ouçamos a voz de Deus dizendo: "Este é o caminho; andai nele" (Is 30:21). Mediante pervertidos processos educativos está ele fazendo o possível para obscurecer a luz celeste. CP 377 2 Especulações filosóficas e pesquisas científicas em que Deus não é reconhecido estão tornando céticos a milhares. Nas escolas de hoje são cuidadosamente ensinadas e amplamente expostas as conclusões a que os doutos têm chegado em resultado de suas pesquisas científicas; por outro lado é francamente dada a impressão de que, se esses homens estão certos, não o pode estar a Bíblia. O ceticismo exerce atração sobre o espírito humano. A juventude nele vê uma independência que lhe seduz a imaginação, e é iludida. Satanás triunfa. Ele alimenta toda semente de dúvida lançada no coração juvenil. Faz com que ela cresça e dê frutos, e dentro em pouco resulta farta colheita de incredulidade. CP 377 3 É por ser o coração humano tão inclinado ao mal, que tão perigoso é semear o ceticismo nos espíritos jovens. Seja o que for que enfraqueça a fé em Deus, rouba a alma do poder de resistir à tentação. Remove a única salvaguarda real contra o pecado. Carecemos de escolas em que a juventude aprenda que a grandeza consiste em honrar a Deus mediante a revelação de Seu caráter na vida diária. Necessitamos aprender acerca de Deus por meio de Sua Palavra e obras a fim de nossa vida poder cumprir o Seu desígnio. Autores Incrédulos CP 378 1 Para educar-se muitos julgam ser essencial estudar os escritos dos autores incrédulos, visto essas obras conterem muitas brilhantes gemas de pensamento. Quem foi, porém, o autor dessas jóias de pensamento? Deus, e Ele unicamente. É Ele a fonte de toda luz. Por que haveríamos então de nos atolar na massa de erros contidos nas obras dos incrédulos, por amor de algumas verdades intelectuais, quando temos a verdade toda à nossa disposição? CP 378 2 Como é que os homens que se acham em guerra com o governo de Deus chegam a ficar de posse da sabedoria que por vezes manifestam? O próprio Satanás foi educado nas cortes celestes, e tem o conhecimento do bem da mesma maneira que do mal. Mistura o precioso com o vil, e é isso que o habilita a enganar. Mas pelo fato de se haver Satanás revestido de roupagens de celeste esplendor, havemos de recebê-lo como anjo de luz? O tentador tem agentes, educados segundo seus métodos, inspirados por seu espírito, e adaptados à sua obra. Cooperaremos nós com eles? Receberemos as obras desses instrumentos como essenciais à educação que desejamos obter? CP 379 1 Se o tempo e os esforços empregados em tentar aprender as luminosas idéias dos incrédulos fossem consagrados a estudar as preciosidades da Palavra de Deus, milhares dos que agora se acham assentados em trevas e sombras de morte estariam regozijando-se na glória da Luz da vida. Saber Histórico e Teológico CP 379 2 Muitos julgam ser essencial, como preparo para a obra cristã, adquirir amplos conhecimentos dos escritos históricos e teológicos. Supõem que esse conhecimento lhes será de utilidade no ensino do evangelho. Mas seu árduo estudo das opiniões dos homens tende a enfraquecer-lhes o ministério, em vez de o fortalecer. Quando vejo bibliotecas cheias de alentados volumes de conhecimentos de história e teologia, penso: por que gastar dinheiro naquilo que não é pão? O sexto capítulo de João nos diz mais do que se pode encontrar em tais obras. Cristo diz: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome; e quem crê em Mim nunca terá sede" (Jo 6:35). "Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre" (Jo 6:51). "Aquele que crê em Mim tem a vida eterna" (Jo 6:47). "As palavras que Eu vos disse são Espírito e vida" (Jo 6:63). CP 379 3 Há um estudo de história que não é condenável. A história sagrada era um dos estudos das escolas dos profetas. No registro de Seu trato com as nações, foram delineadas as pegadas de Jeová. Assim, hoje em dia cumpre-nos considerar Seu trato com as nações da Terra. Devemos ver na História o cumprimento da profecia, estudar as operações da Providência nos grandes movimentos reformatórios, e entender o progresso dos acontecimentos ao ver as nações mobilizando-se para o final combate do grande conflito. CP 380 1 Tal estudo proporcionará amplas e compreensivas visões da vida. Auxiliar-nos-á a entender alguma coisa de suas relações e dependências, quão maravilhosamente nos achamos ligados na grande fraternidade social e das nações, e em que grande medida a opressão e a desonra de um membro importam em prejuízo de todos. CP 380 2 Mas a História como é comumente estudada, ocupa-se com os feitos dos homens, suas vitórias nas batalhas, seu êxito na realização do poder e da grandeza. Perde-se de vista a atuação de Deus nos negócios dos homens. Poucos são os que estudam o desenvolvimento de Seu desígnio no reerguimento e queda das nações. CP 380 3 E, em alto grau, a teologia, segundo é estudada e ensinada, não passa de um registro de especulações humanas, servindo apenas para escurecer "o conselho com palavras sem conhecimento" (Jó 38:2). Com demasiada freqüência o motivo de acumular esses muitos livros não é tanto o desejo de obter alimento para a mente e a alma, como a ambição de se relacionar com os filósofos e teólogos, o desejo de apresentar ao povo o cristianismo em termos e frases eruditos. CP 380 4 Nem todos os livros escritos podem servir aos desígnios de uma vida santa. "Aprendei de Mim", disse o grande Mestre. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29). Vosso orgulho intelectual não vos ajudará na comunicação com as almas que estão perecendo por falta do pão da vida. Em vosso estudo desses livros, estais permitindo que eles tomem o lugar das lições práticas que devíeis estar aprendendo de Cristo. O povo não se alimenta com os resultados desse estudo. Bem pouco das pesquisas tão fatigantes para a mente proporciona qualquer coisa de valioso para alguém se tornar um obreiro bem-sucedido em favor das almas. CP 381 1 O Salvador veio "evangelizar os pobres" (Lc 4:18). Em Seus ensinos empregava os termos mais simples e os mais singelos símbolos. E foi dito que "a grande multidão O ouvia de boa vontade" (Mc 12:37). Os que estão buscando fazer Sua obra neste tempo necessitam de mais profunda visão das lições por Ele dadas. CP 381 2 As palavras do Deus vivo constituem a mais elevada de todas as educações. Os que ministram ao povo precisam comer do pão da vida. Isso lhes dará vigor espiritual; estarão assim preparados para ajudar a todas as classes de gente. Os Clássicos CP 381 3 Nos colégios e universidades, milhares de jovens consagram grande parte dos melhores anos da vida ao estudo do grego e do latim. E enquanto se acham empenhados nesses estudos, a mente e o caráter são moldados segundo os maus sentimentos da literatura pagã, cuja leitura é em geral considerada parte essencial ao estudo destas línguas. CP 381 4 Os que estão familiarizados com os clássicos, declaram que "as tragédias gregas se acham repletas de incesto, homicídio, e sacrifícios humanos a deuses concupiscentes e vingativos". Incomparavelmente melhor seria para o mundo se a instrução obtida de tais fontes fosse dispensada. "Andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés?" (Pv 6:28). "Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!" (Jó 14:4). Poderemos então esperar que a juventude desenvolva caráter cristão enquanto sua educação é moldada pelos ensinos daqueles que desafiam os princípios da lei de Deus? CP 382 1 Ao sacudirem de si as restrições e imergirem em descuidosos divertimentos, dissipação e vício, os estudantes não fazem mais que imitar aquilo que lhes é de contínuo apresentado à mente mediante esses estudos. Há carreiras em que é necessário o conhecimento do grego e do latim. Alguns precisam estudar essas línguas. Mas o conhecimento das mesmas requerido para fins úteis pode ser obtido sem o estudo de literatura corrupta e corruptora. CP 382 2 O conhecimento do grego e do latim não é necessário a muitos. O estudo das línguas mortas deve ser posposto às matérias que ensinam o devido uso de todas as faculdades físicas e mentais. É tolice dedicarem os estudantes o tempo à aquisição de conhecimentos de línguas mortas, ou de livros de quaisquer ramos, com prejuízo do preparo para os deveres práticos da vida. CP 382 3 Que levam consigo os estudantes ao deixarem a escola? Para onde vão? Que terão de fazer? Possuirão eles o conhecimento que os habilitará a ensinar outros? Terão sido educados para serem verdadeiros pais e mães? Poderão colocar-se à testa de uma família como sábios instrutores? A única educação digna deste nome é a que leva rapazes e moças a se tornarem semelhantes a Cristo, que os habilita a desempenhar as responsabilidades da vida e dirigir sua família. Tal educação não se adquire pelo estudo dos clássicos pagãos. ... Ficção de Alta Categoria CP 383 1 Há obras de ficção que foram escritas com o intuito de ensinar verdades ou expor algum grande mal. Algumas dessas obras têm feito bem. Têm, por outro lado, operado indizível dano. Encerram declarações e descrições altamente elaboradas, que despertam a imaginação e suscitam uma corrente de pensamentos repleta de perigo, especialmente para os jovens. As cenas descritas são repetidamente vividas em sua imaginação. Tais leituras incapacitam a mente para a utilidade, tornam-na inapta para os exercícios espirituais. Destroem o interesse na Bíblia. As coisas celestiais pouco lugar encontram nos pensamentos. À medida que a mente se demora nas cenas de impureza descritas, desperta-se a paixão, e o fim é o pecado. CP 383 2 Mesmo a ficção que não contém nenhuma sugestão de impureza, e que visa a ensinar excelentes princípios, é nociva. Anima o hábito da leitura apressada e superficial, unicamente pela história. Tende assim a destruir a faculdade de pensar com coerência e vigor; incapacita a alma para a contemplação dos grandes problemas do dever e do destino. CP 383 3 Alimentando o amor de mera distração, a leitura de ficção cria aversão pelos deveres práticos da vida. Por meio de seu poder estimulante e intoxicante é não raro causa de enfermidades mentais e físicas. Muito desgraçado e negligenciado lar, muito inválido por toda a existência, muito interno de asilo de alienados, chegou a isso mediante o hábito da leitura de novelas. CP 383 4 Alega-se muitas vezes que a fim de se desviar a juventude das leituras sensacionais e indignas, deveríamos proporcionar-lhes melhor espécie de leitura de ficção. Isso equivale a tentar a cura de um ébrio dando-lhe em lugar de uísque ou aguardente, os intoxicantes mais brandos, como vinho, cerveja ou sidra. O uso destes encorajaria continuamente o desejo dos estimulantes mais fortes. A única segurança para os bêbados, bem como para o homem temperante, é a total abstinência. A mesma regra se aplica ao amante de ficção. Sua única segurança é a total abstinência. Mitos e Contos de Fadas CP 384 1 Na educação das crianças e dos jovens dá-se agora importante lugar aos contos de fadas, mitos e histórias fictícias. Usam-se nas escolas livros desta natureza, e encontram-se também os mesmos em muitos lares. Como podem pais cristãos permitir que seus filhos usem livros tão cheios de mentiras? Quando as crianças pedem a explicação de histórias tão contrárias aos ensinos recebidos de seus pais, a resposta é que essas histórias não são verdadeiras; mas isso não dissipa os maus resultados do uso das mesmas. As idéias apresentadas nesses livros desencaminham as crianças. Comunicam falsas idéias da vida, suscitando e nutrindo o desejo pelo irreal. CP 384 2 O vasto uso desses livros em nossos dias é um dos astutos planos de Satanás. Ele está procurando desviar a mente, tanto de adultos como de jovens, da grande obra da formação do caráter. Pretende que nossas crianças e jovens sejam devastados pelos enganos destruidores da alma com que ele está enchendo o mundo. Portanto, busca desviar-lhes a mente da Palavra de Deus, impedindo-os assim de obter o conhecimento das verdades que os salvaguardariam. CP 385 1 Nunca devem ser colocados nas mãos da infância e da juventude livros que contenham uma perversão da verdade. Não permitamos que nossos filhos, no próprio processo de adquirir educação, recebam idéias que se demonstrarão sementes de pecado. Se os de espírito amadurecido nada tiverem que ver com tais livros, achar-se-ão, mesmo eles, muito mais a salvo; e seu exemplo bem como sua influência do lado do direito, tornaria muito menos difícil guardar a juventude da tentação. ... Uma Fonte Mais Pura CP 385 2 "Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios, E aplica o teu coração à Minha ciência. ... Para que a tua confiança esteja no Senhor, A ti tas faço saber hoje. ... "Porventura, não te escrevi excelentes coisas Acerca de todo conselho e conhecimento, Para te fazer saber a certeza das palavras de verdade, Para que possas responder palavras de verdade aos que te enviarem?" Pv 22:17, 19-21. CP 385 3 "Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, E pôs uma lei em Israel, E ordenou aos nossos pais Que a fizessem conhecer a seus filhos, "Mostrando à geração futura os louvores do Senhor, Assim como a Sua força e as maravilhas que fez." "Para que a geração vindoura a soubesse, E os filhos que nascessem se levantassem E a contassem a seus filhos; Para que pusessem em Deus a sua esperança." Sl 78:5, 4, 6, 7. CP 385 4 "A bênção do Senhor é que enriquece, E Ele não acrescenta dores" (Pv 10:22). O Ensino de Cristo CP 386 1 Assim também Cristo apresentou os princípios da verdade no evangelho. Podemos, em Seus ensinos, beber das puras correntes que emanam do trono de Deus. Cristo poderia haver comunicado aos homens conhecimentos que ultrapassariam a quaisquer revelações anteriores, deixando para trás todas as outras descobertas. Poderia haver descerrado mistério após mistério, e fazer concentrar em torno dessas maravilhosas revelações o ativo e diligente pensamento das sucessivas gerações até ao fim do tempo. Do ensino da ciência da salvação, não tirou um momento. Seu tempo, Suas faculdades e Sua vida só eram apreciadas e empregadas em prol da salvação das almas humanas. Ele viera buscar e salvar o que se tinha perdido, e não Se desviaria de Seu propósito. Não permitiria que coisa alguma O distraísse. CP 386 2 Cristo só comunicava o conhecimento que podia ser utilizado. As instruções que dava ao povo, limitavam-se às próprias necessidades deste na vida prática. À curiosidade que os levava a ir ter com Ele com indagadoras perguntas, não satisfazia. Todas essas perguntas tornava Ele em ocasiões para solenes, fervorosos e vitais apelos. Aos que se mostravam tão ansiosos de colher da árvore do conhecimento, oferecia o fruto da árvore da vida. Encontravam cerrados todos os caminhos que não fossem aqueles que conduzem a Deus. Fechadas estavam todas as fontes, a não ser a da vida eterna. CP 386 3 Nosso Salvador não animava ninguém a freqüentar as escolas dos rabinos de Sua época, pela razão de que a mente se corromperia com o continuamente repetido: "Dizem", ou: "Foi dito". Como, pois, devemos nós aceitar as instáveis palavras humanas como exaltada sabedoria, quando se encontra ao nosso alcance uma sabedoria maior e infalível? CP 387 1 O que tenho visto das coisas eternas, bem como o que tenho testemunhado da fraqueza da humanidade, tem-me impressionado profundamente o espírito e influenciado a obra de minha vida. Nada vejo por que seja o homem louvado ou glorificado. Não vejo razão alguma para que as opiniões dos sábios mundanos e dos chamados grandes homens devam merecer confiança e ser exaltadas. Como podem aqueles que se acham destituídos de divina iluminação possuir idéias acertadas quanto aos planos e aos caminhos de Deus? Eles O negam inteiramente e passam por alto Sua existência, ou limitam-Lhe o poder segundo suas próprias finitas concepções. CP 387 2 Prefiramos ser instruídos por Aquele que criou os céus e a Terra, que pôs por ordem as estrelas no firmamento, e ao Sol e à Lua designou a sua obra. Conhecimento que se Pode Utilizar CP 387 3 É justo que a os jovens sintam dever atingir o mais alto desenvolvimento das faculdades mentais. Não quereríamos restringir a educação a que Deus não pôs limites. Mas nossas realizações de nada valerão se não forem utilizadas para honra de Deus e bem da humanidade. CP 387 4 Não é bom sobrecarregar a mente de estudos que exigem intensa aplicação, mas que não são introduzidos na vida prática. Tal educação será prejudicial ao estudante. Pois esses estudos diminuem o desejo e a inclinação para aqueles outros que o habilitariam a ser útil, e tornariam capaz de se desempenhar de suas responsabilidades. Um preparo prático é muito mais valioso que qualquer soma de teoria. Não é mesmo suficiente possuir conhecimentos. Precisamos ter habilidade para os empregar devidamente. CP 388 1 O tempo, os meios e o estudo que tantos gastam para obter uma educação relativamente inútil deviam ser consagrados em adquirir um preparo que os tornasse homens e mulheres práticos, aptos a assumir as responsabilidades da vida. Tal educação teria o mais alto valor. Educação do Coração CP 388 2 O que precisamos é de conhecimento que robusteça a mente e a alma, que nos torne homens e mulheres melhores. A educação do coração é de valor incomparavelmente maior que o mero saber dos livros. É bom, mesmo essencial, possuir conhecimento do mundo em que vivemos; mas se deixarmos a eternidade fora de nossas cogitações, sofreremos um fracasso de que jamais nos poderemos reabilitar. ... CP 388 3 Se a mocidade compreendesse a própria fraqueza, buscaria em Deus a sua força. Se buscarem ser ensinados por Ele, tornar-se-ão sábios em Sua sabedoria, a vida lhes será frutífera em bênçãos para o mundo. Se, porém, dedicarem a mente a mero estudo especulativo e mundano, separando-se assim de Deus, perderão tudo quanto enriquece a vida. A Ciência do Bom Viver, p. 389-400. CP 388 4 Adquirir a educação superior é tornar-se participante da natureza divina. Significa imitar a vida e o caráter de Cristo, de maneira a colocar-nos em posição vantajosa enquanto combatemos as batalhas da vida. Importa em obter diárias vitórias sobre o pecado. Ao buscarmos essa educação, temos como companheiros os anjos de Deus; quando o inimigo vem como uma inundação, o Espírito do Senhor erguerá contra ele uma bandeira em nosso favor. ------------------------Capítulo 55 -- O Conhecimento que Permanece CP 389 1 Foram-me dadas palavras de advertência para os professores de nossas escolas. A obra dessas escolas deve apresentar um cunho diverso daquele que apresentam algumas das mais populares instituições de ensino. Muitos dos livros de estudo empregados nessas escolas são desnecessários para a obra de preparar alunos para a escola do alto. Em resultado, os jovens não estão recebendo a mais perfeita educação cristã. São negligenciados os mais necessários pontos de estudo a fim de habilitá-los para a obra missionária na pátria e no estrangeiro, e para prepará-los de modo a estarem de pé no último e grande exame. A educação necessária é a que habilita os alunos para o serviço prático, ensinando-os a pôr toda a faculdade sob o domínio do Espírito de Deus. O manual do mais alto valor é o que encerra as instruções de Cristo, o Mestre dos mestres. CP 389 2 O Senhor requer que nossos professores retirem de nossas escolas os livros que ensinam sentimentos em desarmonia com Sua Palavra, dando lugar aos que são do mais alto valor. Ele será honrado quando esses professores mostrarem ao mundo possuir uma sabedoria sobre-humana, porquanto o Mestre dos mestres ocupa o lugar de instrutor para eles. CP 389 3 É necessário separar de nossa obra educativa a literatura errônea, poluída, de maneira a não serem recebidas e nutridas como verdade, idéias que são sementes de pecado. Ninguém julgue que o estudo de livros que induzem à aceitação de falsas idéias seja educação de valor. As idéias que, conseguindo entrada no espírito, separam a juventude da Fonte de toda a sabedoria, toda a eficiência, todo o poder, tornam-na joguete das tentações de Satanás. O ministrar-se aos jovens educação pura em nossas escolas, sem misto de filosofia pagã, é uma positiva necessidade. CP 390 1 Cumpre guardar-nos continuamente contra os livros que contêm enganos quanto à geologia e outros ramos de ciência. Antes de as teorias dos homens de ciência serem apresentadas a alunos não amadurecidos, elas precisam ser libertas de todo traço das sugestões dos infiéis. Uma sementinha de infidelidade semeada pelo professor no coração de um estudante, poderá brotar e produzir uma colheita de incredulidade. Os enganos relativos a Deus e à natureza, que estão enchendo o mundo de ceticismo, são inspirados pelo adversário caído. Satanás é um estudante da Bíblia. Ele conhece as verdades essenciais à salvação, e estuda como há de desviar a mente dessas verdades. Estejam alertas nossos professores, não sirvam de eco às falsidades do inimigo de Deus e do homem. CP 390 2 É um erro pôr nas mãos da juventude livros que os deixam perplexos e confundidos. A razão por vezes dada para esse estudo é que o professor passou por ele, e o aluno deve fazer o mesmo. Se, porém, os mestres recebessem luz e sabedoria do divino Mestre, considerariam o assunto de modo muito diverso. Calculariam a relativa importância das matérias a serem aprendidas na escola. Os ramos comuns e essenciais da educação seriam mais cabalmente ensinados, e a Palavra de Deus seria estimada como o pão que desceu do Céu, e que mantém toda vida espiritual. CP 391 1 Somos tardios em avaliar quanto necessitamos de compreender os ensinos de Cristo e Seus métodos de trabalho. Fossem esses mais bem compreendidos, e muito do que se ensina em nossas escolas seria considerado de nenhum valor. Ver-se-ia que muita coisa agora ensinada não desenvolve a simplicidade da verdadeira piedade na vida dos alunos. A sabedoria finita seria menos apreciada, sendo conferido mais honroso lugar à Palavra de Deus. CP 391 2 Caso os professores de nossas escolas estudassem as Escrituras com o propósito de adquirir melhor entendimento, abrindo o coração à luz facultada na Palavra, seriam ensinados por Deus. Amariam e observariam a verdade, e trabalhariam para introduzir menos das teorias e sentimentos de homens que nunca tiveram ligação com Deus, e mais do conhecimento que permanece. Experimentariam profunda fome de alma quanto à sabedoria que vem do alto. Estudar Para Fins Inúteis CP 391 3 Freqüentemente os alunos gastam muitos anos em estudo erroneamente orientado, e que não tem finalidade útil. A mente é exercitada em pensar em direção errada, ensinada a aprender aquilo que, não só é inteiramente destituído de valor, mas nocivo à saúde física e mental. O aluno recebe escassa provisão de informações sobre muitos assuntos que lhe são de pouco valor, limitado conhecimento em muitas matérias que ele jamais utilizará, quando poderia obter aquele que seria do mais alto proveito na vida prática, e lhe seria como um depósito de sabedoria a servir em tempos de necessidade. CP 392 1 É difícil afastar-se de velhos costumes e estabelecidas idéias. Mas poucos são os que avaliam o prejuízo sofrido por muitos em longos cursos de estudo. Muito do que se acumula no cérebro não tem valor nenhum; todavia os alunos julgam que essa educação é todo suficiente, e, após anos de estudo, saem da escola com seu diploma, supondo-se homens e mulheres bem educados e prontos para o serviço. Em muitos casos, esse preparo para o serviço não passa de uma farsa; assim continuará, no entanto, até que os professores recebam a sabedoria do Céu mediante a influência do Espírito Santo. CP 392 2 Muitos estudantes sobrecarregam por tanto tempo a mente em aprender aquilo que sua razão lhes diz não será jamais utilizado, que as faculdades mentais se enfraquecem e ficam incapazes de um esforço vigoroso e persistente para compreender o que é de vital importância. O dinheiro gasto em sua educação, talvez provido à custa de grande sacrifício por parte dos pais, é quase desperdiçado; e a falta de compreensão do que é de importância leva ao erro no trabalho de sua vida. CP 392 3 Que fraude é a educação obtida em ramos literários ou científicos, caso ela seja extorquida ao aluno antes de ele ser considerado digno de entrar naquela existência que corre a par da vida de Deus, sendo ele salvo como pelo fogo! Deus nos concedeu um tempo de prova em que nos preparar para a escola do alto. Por isto os jovens estão aqui para educar-se, disciplinar-se, exercitar-se. Na escola preliminar da Terra, devem eles formar caráter digno da aprovação de Deus. Têm de receber preparo, não nos costumes e divertimentos da sociedade mundana, mas na orientação de Cristo - preparo que os habilite a ser colaboradores dos seres celestes. Os estudos ministrados aos alunos devem ser de caráter a fazê-los mais bem-sucedidos no serviço de Deus; a habilitá-los a seguir nas pegadas de Cristo, e a manter os grandes princípios que Ele manteve. Nossa norma deve ser o caráter dAquele que é puro, santo e impecável. CP 393 1 O conhecimento de Deus é a genuína essência da educação. Não é de Deus a educação que venha sobrepujar esse conhecimento, ou despedi-lo da mente, como fez Félix a Paulo, quando este lhe falou da temperança, da justiça e do juízo por vir. As palavras de Paulo fizeram Félix tremer; mas o governador despediu o apóstolo, dizendo-lhe: "Por agora, vai-te, e, em tendo oportunidade, te chamarei" (At 24:25). E hoje há multidões que dizem o mesmo. Seu espírito é atraído para os profundos temas da verdade, problemas tão elevados como o Céu, e tão vastos como a eternidade; declaram, porém: "Não posso introduzir esses assuntos em meus estudos diários; pois agitariam tanto meu espírito, que me incapacitariam para a rotina diária do estudo. Nunca me assenhoreei dos problemas bíblicos. Não posso fazer agora esse estudo. Vai-te por agora e, em tendo oportunidade, te chamarei." Assim é posto à margem o grande livro de Deus, pois não é considerado a coisa necessária. O Máximo Desenvolvimento Possível CP 393 2 Não desejo que ninguém fique, em resultado de minhas palavras, com a impressão de que deva ser, de qualquer modo, baixado o padrão educativo em nossas escolas. Todo aluno deve lembrar-se de que o Senhor requer que ele se torne tudo quanto é possível, a fim de que possa sabiamente ensinar a outros também. Nossos estudantes devem puxar pelas faculdades mentais; cada uma delas deve atingir ao máximo do desenvolvimento, dentro da medida do possível. CP 394 1 Muitos alunos vêm ao colégio com hábitos intelectuais que lhes são um entrave. Um dos mais difíceis de dirigir é o de efetuar trabalho mental rotineiramente, em lugar de pôr em cada estudo refletido e determinado esforço, a fim de dominar as dificuldades e apoderar-se dos princípios que jazem à base do assunto em consideração. A indolência, a apatia, a irregularidade, devem ser temidas, da mesma maneira que o prender-se alguém a uma rotina. Mediante a graça de Cristo, está ao alcance dos alunos mudar esse hábito da rotina, e é de seu máximo interesse e para sua utilidade futura que convém dirigir corretamente as faculdades mentais, exercitando-as para servir sob a guia do mais sábio de todos os mestres, Aquele cujo poder eles, pela fé, podem reclamar. Isso lhes dará êxito em seus esforços intelectuais, segundo a Palavra de Deus. CP 394 2 Uma educação completa, que habilite os rapazes e moças para o serviço, eis o que deve ser ministrado em nossas escolas. A fim de assegurar essa educação, importa dar-se o primeiro lugar e considerar como a coisa mais importante, a sabedoria que vem de Deus. Todos quantos se empenham na aquisição do conhecimento, devem esforçar-se por atingir o mais elevado lance da escada. Avancem os alunos o mais rápido e vão o mais longe que lhes seja possível; seja o seu campo de estudo tão vasto quanto possam alcançar suas faculdades; façam, porém, eles, de Deus a sua sabedoria, apeguem-se Àquele que é infinito em conhecimento que pode revelar segredos ocultos por séculos, e solver, para a mente dos que nEle crêem, os mais intrincados problemas. CP 395 1 Recomendamos a todo aluno o Livro dos livros como o mais grandioso estudo para a inteligência humana, o livro que encerra o conhecimento essencial para esta vida e a futura. Não aconselho, todavia, o afrouxamento da norma educativa no estudo das ciências. A luz que tem sido dada sobre esse assunto, é clara, não devendo ser de modo algum desprezada. A Bíblia em Primeiro Lugar CP 395 2 Na instrução ministrada em nossas escolas, devem aliar-se o natural e o espiritual. As leis obedecidas pela Terra revelam que ela se encontra sob o poder dominador de um Deus infinito. Os mesmos princípios regem o mundo espiritual e o mundo natural. Excluí a Deus da aquisição do conhecimento, e tereis uma educação manca, unilateral, morta para todas as salvadoras qualidades que comunicam ao homem o verdadeiro poder. O Autor da natureza é o Autor da Bíblia. A criação e o cristianismo têm o mesmo Deus. Este Se revela em a natureza, bem como Se revela em Sua Palavra. Em límpidos raios resplandece a luz da página sagrada, mostrando-nos o Deus vivo, tal como Se apresenta nas leis de Seu governo, na criação do mundo, nos céus por Ele ornamentados. Seu poder deve ser reconhecido como o único meio de redimir o mundo das degradantes superstições tão desonrosas para Deus e o próprio homem. CP 395 3 O aluno que, em sua vida escolar, se familiariza com as verdades da Palavra de Deus, e sente no próprio coração o seu poder transformador, representará o caráter de Cristo ao mundo por meio de uma vida bem ordenada e piedosa conversação. Deus fará grandes coisas pelos que abrirem o coração à Sua Palavra, permitindo que ela tome posse do templo da alma. O apartar-se da singeleza da verdadeira piedade, por parte dos alunos, tem tido o efeito de enfraquecer o caráter e diminuir o vigor mental. Seu progresso nas ciências tem sido retardado, ao passo que se fossem como Daniel, ouvintes e praticantes da Palavra de Deus, teriam progredido como ele em todos os ramos do saber. Possuindo pureza de mente, teriam tornado-a vigorosa também. Toda faculdade intelectual se teria aguçado. CP 396 1 Quando a Bíblia se torna guia e conselheiro, exerce enobrecedora influência sobre o espírito. Acima de todos os outros, seu estudo purificará e elevará. Ela ampliará o espírito do estudante sincero, dotando-o de novos impulsos e renovado vigor. Dará maior eficiência às faculdades mediante o pô-las em contato com grandes verdades, de vasto alcance. Caso a mente definhe e fique ineficiente, é porque é deixada a lidar unicamente com assuntos triviais. Seja a Bíblia recebida como o alimento da alma, o melhor e o mais eficaz dos meios de purificar e robustecer o intelecto. CP 396 2 Do coração procedem as saídas da vida; e o coração da coletividade, da Igreja e da Nação, é o lar. O bem-estar da sociedade, o êxito da Igreja, a prosperidade da nação, dependem das influências domésticas. ------------------------Capítulo 56 -- Em Cooperação com Cristo CP 397 1 Fui instruída a dizer aos professores, pastores e médicos que ocupam posições de responsabilidade na obra da mensagem do terceiro anjo: Tendes uma solene obra a fazer, uma obra santa. Os que ocupam posições de confiança na causa de Deus, devem aperfeiçoar a vida segundo a imagem divina. No lar, na Igreja, perante o mundo, cumpre-lhes revelar o poder dos princípios cristãos para transformar a vida. Trabalhem honestamente; busquem manifestar em sua obra o espírito de Cristo; lutem sempre por galgar um plano mais elevado. Quando penso nos tempos perigosos que temos diante de nós e nas grandes responsabilidades que recaem sobre professores, pastores e médicos, sinto como que um pesado fardo; e desejo que eles não se mostrem infiéis no desempenho do dever. CP 397 2 "Vós que amais ao Senhor, aborrecei o mal", exorta o salmista. "Ele guarda a alma dos Seus santos, Ele os livra das mãos dos ímpios. A luz semeia-se para o justo, e a alegria, para os retos de coração. Alegrai-vos, ó justos, no Senhor, e dai louvores em memória da Sua Santidade" (Sl 97:10-12). Os professores, os pastores e os médicos estão falando de mais alto nível a ser alcançado no sentido educativo; mas essas palavras do salmista mostram que é servindo a Deus que se atinge esse mais elevado plano. Devemos agora pôr de lado a maledicência, os projetos egoístas, tudo quanto prejudique a influência ou confunda o juízo. O coração deve esvaziar-se de todo interesse egoísta; a conduta deve ser tal que não leve nenhuma alma por sendas erradas. CP 398 1 O Senhor convida Seu povo a sacudir a indolência e a indiferença, agindo como homens e mulheres convertidos. Uma obra diligente deve ser feita na circulação de nossa literatura. Obra fiel, assinalada pela polidez cristã, eis o que se precisa fazer em muitos ramos missionários. A verdade deve sair como uma lâmpada resplandecente, para que o verdadeiro sentido da educação superior seja claramente compreendido. CP 398 2 Há, em nossas vilas e cidades, almas que vivem na ignorância das verdades da Palavra de Deus; muitos estão a perecer no pecado. Alguns, por curiosidade, vêm a nossas igrejas. Que todo sermão pregado seja uma revelação das grandes verdades aplicáveis a este tempo. Erguei o véu dos mistérios da redenção perante os alunos na escola e as congregações que se ajuntam para ouvir a Palavra. Este é conhecimento de que necessitam educados e ignorantes. A educação superior será encontrada no estudo do mistério da piedade. As grandes verdades da Palavra de Deus, uma vez cridas, aceitas e postas em prática na vida, darão em resultado educação de mais elevada ordem. CP 398 3 Em Seus ensinos, o Salvador sempre mostrou a relação entre a causa e o efeito. A Seus seguidores de todos os séculos, fala Ele, dizendo: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus" (Mt 5:16). O homem ou a mulher que tem conhecimento da verdade, mas cuja vida não exprime os seus princípios, está ocultando a luz. Meus irmãos, tirai a luz de sob o alqueire, a fim de que torne conhecidas as verdades do evangelho. Agentes invisíveis operarão por intermédio das visíveis; o sobrenatural cooperará com o natural, o celeste com o terreno; coisas desconhecidas se revelarão por meio das conhecidas. Seja a graça de Cristo manifestada para ensinar que o homem pode ser renovado segundo a imagem de Deus. CP 399 1 A promessa do Salvador: "Àquele que tem se dará, e terá em abundância" (Mt 13:12), aplica-se também à aceitação da verdade. Ao que procura compreender-lhe os ensinos, dar-se-á aumentado entendimento. Ao que revela possuir o espírito da verdade, será dada maior medida do Espírito a fim de que possa operar a própria salvação. A obra de refletir a Cristo perante o mundo não se efetuará ostensivamente, mas com temor e tremor, todavia no poder do Espírito. CP 399 2 A mais desejável educação é o conhecimento dos mistérios do reino do Céu. O que serve ao mundo, não vê as grandes coisas de interesse eterno preparadas para os que abrem o coração à luz celeste. Aquele que entra nesta senda de conhecimento, porém, e persevera em buscar a oculta sabedoria, a esse ensinam os agentes celestes as grandes lições que, mediante a fé em Cristo, o habilitam a ser vitorioso. Por meio desse conhecimento se alcança a perfeição espiritual; a vida se torna santa e semelhante à de Cristo. CP 399 3 Os ensinos de Cristo não causavam impressão nos ouvintes em virtude de gestos exteriores, mas pelas palavras e atos de Sua vida diária, pelo espírito que Ele revelava. Na vida elevada que vivia ao realizar as obras de Deus, deu aos homens o exemplo da operação da verdadeira educação superior. Assim na vida de Seus seguidores, quando é vencido o espírito impetuoso, quando o coração se abranda e se sensibiliza pelos outros, quando a vida é consagrada a executar as obras de Cristo, vêem-se os frutos da educação superior. CP 400 1 A educação superior não se obtém pelo estudo de certa classe de livros julgados essenciais por professores mundanos, mas pelo estudo da Palavra de Deus. Esse estudo levará à obediência aos Seus preceitos, e a andar continuamente nas pisadas de Cristo. Não há mais elevada educação do que a que se encontra nas lições dadas por Cristo. Quando estas são rejeitadas pelos ensinos dos homens, é tempo de o povo de Deus se converter novamente, aprendendo de Cristo a singeleza da verdadeira piedade. CP 400 2 Quando o divino poder que converte tomar posse dos professores de nossas escolas, eles reconhecerão que o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo abrange muito mais vasto campo do que os chamados "métodos avançados" de educação. Mas a menos que eles tenham vistas mais largas com relação ao que constitui a educação, encontrarão grande entrave no preparar missionários que levem a outros o seu conhecimento. CP 400 3 Professores, tomai vosso lugar como genuínos educadores, e fazei fluir para o coração dos alunos a viva corrente do amor que redime. Antes que sua mente fique preocupada com o trabalho literário, aconselhai-os a buscar a Cristo e Sua justiça. Mostrai-lhes as mudanças que hão de por certo ocorrer, se o coração for entregue a Cristo. Fazei com que nEle fixem a atenção. Isso fechará a porta às vãs aspirações que naturalmente hão de surgir, preparando a mente para a recepção da verdade divina. ------------------------Capítulo 57 -- Aos Mestres e Alunos CP 401 1 Temos sido repetidamente advertidos de que o caráter da educação corrente no mundo não pode resistir à prova da Palavra de Deus. O assunto da educação é daqueles que devem interessar a todo adventista do sétimo dia. O Senhor nos diz: Os adventistas do sétimo dia não se devem submeter ao conselho e instruções de professores que não conhecem a verdade para este tempo. O moldar e afeiçoar o espírito não deve ser confiado a homens que não compreenderam a importância do preparo para aquela vida que se compara com a vida de Deus. CP 401 2 Alguns de nossos professores têm-se encantado com os sentimentos de autores infiéis. Em uma apresentação que me foi feita, vi alguém segurando um desses livros, e recomendando-o a nossos professores como um livro do qual se tiraria real proveito no sentido educativo. Outro tinha nas mãos livros de natureza inteiramente diversa. Esse colocou a mão sobre o que recomendara o autor infiel, e disse: "Conselho como o que deste está abrindo a porta a Satanás com seus enganos, dando-lhe fácil entrada em vossa escola. Esses livros encerram sentimentos que os alunos devem ser instruídos a evitar. O espírito humano é facilmente atraído por estudos que induzem à infidelidade. Tais livros produzem na mente dos alunos desagrado pelo estudo da Palavra de Deus - que é vida eterna para todos os que lhe seguem as instruções. Esses livros não devem ter entrada em qualquer escola em que a juventude esteja sendo ensinada a ser discípula do maior dos mestres." CP 402 1 Em voz solene, continuou o que falava: "Acaso encontrais nesses autores coisa que possais recomendar como essencial à verdadeira educação superior? Teríeis a ousadia de recomendar o estudo desses autores a alunos que ignoram seu verdadeiro caráter? Hábitos errôneos no pensar, uma vez adotados, tornam-se um poder despótico que prende a mente como uma garra de aço. Se muitos dos que receberam e leram esses livros, nunca os houvessem visto, mas aceitado as palavras do divino Mestre em seu lugar, estariam muito além de onde agora se acham no conhecimento das divinas verdades da Palavra de Deus, que tornam o homem sábio para salvação. Esses livros têm levado milhares para onde Satanás conduziu Adão e Eva - a um conhecimento que Deus lhes proibiu adquirir. Por meio de seus ensinos, alunos se têm desviado da Palavra do Senhor, voltando-se às fábulas." CP 402 2 Fui instruída a dizer aos alunos: Elevai-vos na busca de conhecimento, acima da norma estabelecida pelo mundo; segui por onde Jesus tem guiado. E aos professores, eu quero dizer: Acautelai-vos, não semeeis as sementes da incredulidade em mentes e corações humanos. Purificai-vos de toda contaminação da carne e do espírito. A suprema glória dos atributos de Cristo, é Sua santidade. Os anjos se inclinam diante dEle em adoração, exclamando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso" (Ap 4:8). Declara-se a Seu respeito que Ele é glorioso em Sua santidade. Considerai o caráter de Deus. Contemplando a Cristo, buscando-O com fé e oração, podeis tornar-vos semelhantes a Ele. CP 402 3 A norma de educação em nossas escolas é rebaixada logo que Cristo deixa de ser o modelo de professores e alunos. Os mestres devem compreender que sua obra não se limita ao conhecimento contido nos livros escolares; cumpre-lhe alcançar mais alto a essa obra, muito mais alto do que está atingindo. Um curso de disciplina do próprio eu os deve educar, formando-lhes o caráter à semelhança divina. O eu é difícil de morrer; mas quando os professores possuírem aquela sabedoria que vem do alto, discernirão o verdadeiro objetivo de nossa obra educativa, e se farão reformas que proporcionarão aos nossos jovens o preparo em harmonia com o plano de desenvolvimento elaborado pelo Senhor. CP 403 1 Professores, extirpai de vossas conversações tudo quanto não seja da mais elevada e melhor qualidade. Mantende perante os alunos unicamente os sentimentos que forem essenciais. Nunca deveriam os médicos, pastores e professores prolongar os discursos a ponto de o alfa ficar esquecido em longas exposições que não têm nenhum proveito. Quando assim se faz, a mente é assoberbada por uma quantidade de palavras que não pode reter. Sejam os discursos breves e concisos. Conserve-se o espírito aprazível e puro, e aberto à primeira lei do reino: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lc 10:27). Se as pessoas que desempenham uma parte no preparo da juventude deixarem muita coisa por dizer, e apresentarem aos alunos a importância dos princípios que eles devem obedecer a fim de terem a vida eterna, ver-se-á uma obra de verdadeira reforma. ------------------------Capítulo 58 -- Rápido Preparo Para a Obra CP 404 1 O costume de proporcionar a alguns estudantes todas as vantagens para aperfeiçoarem a educação em tantos ramos que lhes seria impossível usar a todos, é um dano, em vez de um benefício para aquele que frui tantas vantagens, ao mesmo tempo priva outros dos privilégios de que tanto necessitam. Caso não fosse tão longo o preparo, com menos exclusiva consagração ao estudo, haveria muito mais oportunidade para os estudantes aumentarem a fé em Deus. ... Foi-me mostrado que alguns dos alunos estão perdendo a espiritualidade, que sua fé se vai enfraquecendo, e que eles não entretêm contínua comunhão com Deus. Gastam quase todo o tempo no manuseio de livros; parece conhecerem bem pouco mais que isso. Mas de que proveito lhes será todo esse preparo? Que benefício fruirão de todo o tempo e recursos empregados? Digo-vos que isso será pior do que aquilo que se perde. ... CP 404 2 Deve haver mais atenta consideração quanto à melhor maneira de gastar dinheiro na educação dos alunos. Ao passo que tanto se emprega para pôr uns poucos em dispendioso curso de estudos, muitos há que se acham sedentos do conhecimento que poderiam obter dentro de alguns meses; um ou dois anos seriam considerados grande bênção. Se todos os meios são usados em manter alguns por vários anos de estudo, muitos rapazes e moças igualmente dignos não podem receber nenhuma ajuda. ... CP 405 1 Em lugar de educar demais uns poucos, ampliai a esfera de vossa caridade. Resolvei que os meios que empregais em educar obreiros para a causa, não serão gastos simplesmente com um, habilitando-o a obter mais do que ele na realidade necessita, ao passo que outros são deixados sem coisa nenhuma. Dai aos alunos um começo, mas não considereis vosso dever conduzi-los ano após ano. É dever deles sair para o campo a trabalhar, e a vós cumpre estender vossa caridade a outros necessitados de auxílio. ... CP 405 2 Um devotamento demasiado grande ao estudo, mesmo da verdadeira ciência, cria um anseio anormal, o qual se intensifica à medida que é nutrido. Isto cria o desejo de adquirir mais conhecimento do que é necessário para efetuar a obra do Senhor. A busca do conhecimento meramente por amor dele desvia a mente da devoção para com Deus, impedindo o progresso no sentido da santidade prática. ... O Senhor Jesus só comunicava a medida de instrução que podia ser utilizada. ... A mente dos discípulos era muitas vezes atraída pela curiosidade; mas em vez de satisfazer-lhes o desejo de conhecer coisas que não eram necessárias para levar devidamente avante seu trabalho, abria-lhes novas direções de idéias ao espírito. Ele lhes dava muito das necessárias instruções quanto à piedade prática. ... Intemperança no Estudo CP 405 3 A intemperança no estudo é uma espécie de intoxicação, e aqueles que com ela condescendem, à semelhança do bêbado, desviam-se dos caminhos seguros, e tropeçam e caem nas trevas. O Senhor quer que todo estudante conserve em mente que devemos ter em vista, unicamente, a glória de Deus. Ele, o estudante, não deve debilitar e gastar as faculdades mentais e físicas em buscar obter todo conhecimento possível das ciências, mas cumpre-lhe conservar o brilho e o vigor de todas as suas energias para se empenhar na obra que o Senhor lhe designou em auxiliar almas a encontrar o caminho da justiça. ... A ordem do Céu é fazer, trabalhar - fazer alguma coisa que reverta em glória para Deus, por ser de benefício a nossos semelhantes. ... CP 406 1 O Senhor não escolhe nem aceita obreiros segundo as vantagens que eles tiveram, ou segundo a educação superior que tenham recebido. O valor do instrumento humano é avaliado segundo a capacidade do coração para conhecer e compreender a Deus. ... O máximo bem possível se obtém mediante o conhecimento de Deus. "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3). Este conhecimento é a fonte oculta de onde origina-se todo o poder. ... A Educação de Moisés CP 406 2 A educação recebida por Moisés, como neto do rei, foi bem completa. Não foi negligenciada coisa alguma que o houvesse de tornar um homem sábio, segundo a egípcia compreensão da sabedoria. A parte mais valiosa do preparo de Moisés para a obra de sua vida, no entanto, foi a que ele recebeu como pastor. Enquanto conduzia seus rebanhos através dos desertos das montanhas, e aos verdes pastos dos vales, o Deus da natureza ensinou-lhe a mais alta sabedoria. Na escola da natureza, tendo Cristo como professor, ele aprendeu lições de humildade, mansidão, fé e confiança; lições que lhe ligaram mais estreitamente o coração a Deus. Na solidão das montanhas, aprendeu aquilo que toda a sua instrução no palácio real fora incapaz de lhe comunicar - simples e inabalável fé, e uma contínua confiança no Senhor. CP 407 1 Moisés julgara que sua educação na sabedoria do Egito o habilitava plenamente a tirar Israel do cativeiro. Não era ele instruído em todas aquelas coisas necessárias a um general de exército? Não tivera as vantagens das melhores escolas da Terra? Sim, ele se sentia capaz de libertar seu povo. Deu começo a essa obra tentando cativar-lhes o favor por meio da reparação de seus agravos. Matou um egípcio que estava oprimindo a um israelita. Com isso, manifestou o espírito daquele que foi homicida desde o princípio, demonstrando-se inapto para representar o Deus de misericórdia, amor e ternura. CP 407 2 Moisés fracassou lamentavelmente em sua primeira tentativa; e, como muitos outros, perdeu imediatamente a confiança em Deus, e deu as costas à obra que lhe era indicada. Fugiu da ira de Faraó. Concluiu que devido a seu grande pecado em tirar a vida ao egípcio, Deus não lhe permitiria ter qualquer parte na obra da libertação de Seu povo da cruel escravidão. Mas o Senhor permitiu essas coisas a fim de ensinar a Moisés a brandura, a bondade e a longanimidade necessárias a todo obreiro do Mestre, de maneira a ser bem-sucedido em Sua causa. ... CP 407 3 Moisés tinha sido ensinado a esperar lisonja e louvor por suas superiores aptidões; devia, agora, aprender lição diferente. Como pastor de ovelhas, Moisés aprendeu a cuidar da aflita, a tratar da enferma, a procurar pacientemente a extraviada, a ser longânimo com as indóceis, a suprir com amorável solicitude as necessidades dos tenros cordeirinhos e as faltas das velhas e das fracas. Nessa experiência, foi atraído para mais perto do Supremo Pastor. Uniu-se ao Santo de Israel, nEle imergindo. Acreditava no grande Deus. Entretinha comunhão com o Pai mediante humilde oração. Olhava ao Altíssimo quanto à educação nas coisas espirituais, e ao conhecimento de seu dever como fiel pastor. Sua vida ficou tão intimamente ligada ao Céu, que Deus falava com ele face a face, "como qualquer fala com o seu amigo" (Êx 33:11). CP 408 1 Assim educado, Moisés foi preparado para ouvir o chamado de Deus, para permutar seu cajado de pastor pela vara da autoridade; para deixar seu rebanho de ovelhas e tomar a liderança de um povo idólatra e rebelde. Mas devia depender ainda do invisível Guia. Como a vara era um instrumento em sua mão, assim devia ele ser dócil instrumento nas mãos de Cristo. Devia ser o pastor do povo de Deus; e, mediante sua firme fé e permanente confiança no Senhor, muitas bênçãos deviam sobrevir aos filhos de Israel. ... CP 408 2 Foi a implícita fé em Deus que fez de Moisés o que ele foi. Segundo tudo quanto o Senhor lhe ordenava, ele fazia. Toda a sabedoria dos sábios não poderia tornar Moisés um instrumento mediante o qual o Senhor pudesse operar, enquanto ele não perdesse a confiança em si mesmo, compreendesse a própria fragilidade, e pusesse em Deus a confiança; enquanto ele não se tornou voluntário em obedecer aos mandamentos de Deus, quer estes parecessem justos à sua razão humana, quer não. ... CP 408 3 Não foi o ensino das escolas do Egito o que habilitou Moisés a triunfar sobre seus inimigos, mas persistente e infalível fé, fé que não faltou sob as mais difíceis circunstâncias. Ao mandado de Deus, Moisés avançava, embora aparentemente não houvesse adiante coisa alguma em que firmar os pés. Mais de um milhão de pessoas dependiam dele, e ele as conduziu passo a passo, dia após dia. Deus permitiu essas solitárias jornadas através do deserto, a fim de Seu povo poder adquirir experiência no suportar asperezas, e para que, quando estivessem em perigo, soubessem que unicamente em Deus havia alívio e livramento. Assim deviam eles aprender a conhecer e confiar em Deus e a servi-Lo com uma fé viva. A Mais Importante Lição CP 409 1 Deus não depende de homens de educação perfeita. Sua obra não deve esperar enquanto Seus servos passam por tão longo e elaborado preparo, como algumas de nossas escolas estão planejando ministrar. Ele quer homens que apreciem o privilégio de ser cooperadores Seus - homens que O honrem mediante implícita obediência a Suas exigências, a despeito de teorias anteriormente incutidas. Não há limites à utilidade dos que põem de lado o próprio eu, dão lugar à operação do Espírito Santo em seu coração, e vivem uma existência de inteira consagração a Deus, suportando a necessária disciplina imposta pelo Senhor, sem se queixar nem desfalecer pelo caminho. Caso não desmaiem ante a repreensão do Senhor, tornando-se endurecidos e obstinados, Ele ensinará tanto aos jovens como aos adultos, hora por hora, dia por dia. Ele anela revelar Sua salvação aos filhos dos homens; e se Seu povo escolhido remover os obstáculos, fará fluir, abundantes torrentes, as águas da salvação, por meio dos condutos humanos. CP 410 1 Muitos que estão buscando eficiência para a exaltada obra de Deus mediante o aperfeiçoamento da própria educação nas escolas dos homens, verificarão que deixaram de aprender as mais importantes lições. Negligenciando submeter-se às impressões do Espírito Santo, deixando de viver em obediência a todas as reivindicações de Deus, enfraqueceu-se-lhes o poder espiritual; perderam a habilidade que acaso possuíam para efetuar com êxito trabalho para o Senhor. Ausentando-se da escola de Cristo, esqueceram o som da voz do Mestre, e Ele não lhes pode dirigir a conduta. CP 410 2 Os homens podem adquirir todo conhecimento susceptível de ser comunicado pelo professor humano; Deus, porém, deles requer ainda maior sabedoria. Como Moisés, precisam aprender mansidão, humildade de coração e desconfiança do próprio eu. Nosso próprio Salvador, quando suportando a prova pela humanidade, reconheceu que, de Si mesmo, nada podia fazer. Também nós precisamos aprender que, de si mesma, a humanidade não possui força alguma. O homem só se torna eficiente ao partilhar da natureza divina. É Necessário Buscar a Direção de Deus CP 410 3 Desde o abrir pela primeira vez um livro, deve o estudante reconhecer que Deus é o único a poder comunicar verdadeira sabedoria. Cumpre-lhe buscar a cada passo o conselho divino. Não se deve fazer nenhum arranjo de que Deus não possa ser participante, nenhuma união se formar, a não ser que Ele possa dar Sua aprovação. De princípio a fim, o Autor da sabedoria deve ser reconhecido como guia. Assim, o conhecimento obtido dos livros será cingido por viva fé no infinito Deus. O aluno não se deve obrigar a nenhum curso particular de estudo que envolva longos períodos de tempo, mas ser guiado nesses assuntos pelo Espírito de Deus. ... CP 411 1 Ninguém se devia permitir seguir um curso de estudo que lhe venha enfraquecer a fé na verdade ou no poder do Senhor, ou diminuir seu respeito pela vida de santidade. Quisera advertir os estudantes a não darem um passo neste sentido, nem mesmo por conselho de seus instrutores, ou de homens em posição de autoridade, a não ser que hajam primeiro buscado a Deus em particular, o coração aberto às influências do Espírito Santo, obtendo Seu conselho com relação ao desejado curso de estudo. Seja extirpada toda ambição profana. Ponde à margem todo desejo egoísta de vos distinguirdes; que toda sugestão do lado humano seja levada a Deus, e confiai na guia de Seu Espírito. ... CP 411 2 Não vos confieis à guarda dos homens, mas dizei: "O Senhor é o meu ajudador; buscar-Lhe-ei o conselho; serei cumpridor de Sua vontade." Todas as vantagens que acaso possuais, não vos podem beneficiar, nem a mais alta educação habilitar-vos a ser condutos de luz, a menos que tenhais a cooperação do divino Espírito. É-nos tão impossível receber habilitações da parte dos homens, sem a iluminação divina, como era aos deuses do Egito livrar os que neles confiavam. CP 411 3 Os alunos não devem julgar que toda sugestão para prolongarem os estudos esteja em harmonia com o plano de Deus. Levai toda sugestão ao Senhor em oração, e buscai Sua direção, não uma vez apenas, mas repetidamente. Pleiteai com Ele até que estejais convencidos de que o conselho provém de Deus ou do homem. ... CP 412 1 O Senhor diz: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mt 26:41). "Vigiai", para que vossos estudos não se acumulem tanto e se tornem de tão absorvente interesse para vós, que a mente se vos sobrecarregue, sendo excluído de vossa alma o desejo da piedade. Por parte de muitos alunos, o motivo e ideal que os levou a entrar na escola foi gradualmente perdido de vista, e uma profana ambição de adquirir educação elevada os induziu a sacrificar a verdade. O intenso interesse de obter alta posição entre os homens fez com que deixassem fora de seus cálculos a vontade do Pai celestial; o verdadeiro conhecimento, porém, leva à santidade da vida mediante a santificação da verdade. CP 412 2 Com muita freqüência, quando os estudos se acumulam, dá-se lugar secundário à sabedoria do alto, e quanto mais os alunos avançam, tanto menos confiança depositam em Deus. Consideram o muito saber como a própria essência do êxito na vida; mas se todos dessem a devida atenção à declaração de Cristo: "Sem Mim nada podereis fazer" (Jo 15:5), diversos seriam seus planos. Sem os princípios vitais da verdadeira religião, sem o conhecimento de como servir e glorificar o Redentor, a educação é mais nociva que benéfica. Quando a educação nos ramos humanos é levada a tal ponto que o amor de Deus desaparece do coração, que a oração é negligenciada, e se deixam de cultivar os atributos espirituais, ela é inteiramente desastrosa. Seria incomparavelmente melhor deixar de buscar educação, e restaurar vossa alma do estado de enfraquecimento, do que adquirir a melhor educação possível, perdendo de vista as vantagens eternas. ... CP 413 1 Em caso algum eu aconselharia o restringir a educação a que Deus não pôs limite. Nossa educação não finda com as vantagens que este mundo pode oferecer. Por toda a eternidade, os escolhidos de Deus estarão aprendendo. Aconselharia, porém, restrição no seguir os métodos de educação que põem em risco a alma e são de molde a anular o desígnio para que se gastem tempo e dinheiro. A educação é uma grande obra de toda a existência; para obter, porém, a educação verdadeira, é necessário possuir a sabedoria que só de Deus vem. O Senhor Deus deve ser representado em todo aspecto da educação; é um erro, todavia, consagrar anos de estudo a um ramo de conhecimento de livros. Depois de haver sido dedicado ao estudo um período de tempo, ninguém aconselhe os alunos a entrarem imediatamente em outro extenso curso de estudo, mas antes a entrar na obra para que se estiveram preparando. Sejam animados a pôr em prática a educação já obtida. ... CP 413 2 A mente de muitos necessita renovar-se, transformar-se e ser moldada segundo o plano de Deus. Muitos se estão arruinando física, mental e moralmente, em razão de excesso de consagração ao estudo. Estão se prejudicando para o tempo e a eternidade devido a hábitos de intemperança no buscar educação. Estão perdendo o desejo de aprender na escola de Cristo, lições de mansidão e de humildade de espírito. ... Em Vista da Proximidade da Vinda de Cristo CP 413 3 O pensamento que se deve conservar diante dos alunos, é que o tempo é breve, e que se devem preparar rapidamente para fazer a obra essencial para este tempo. ... É-me ordenado dizer-vos que não sabeis quão breve sobrevirá a crise. Ela vem vindo furtiva e gradualmente sobre nós, como um ladrão. O Sol resplandece no céu, seguindo seu curso habitual, e os céus ainda declaram a glória de Deus; os homens prosseguem em sua habitual rotina de comer e beber, plantar e construir, casar e dar-se em casamento; os comerciantes se acham ainda empenhados em comprar e vender; as publicações saem umas após outras; os homens acotovelam-se uns aos outros em busca das mais altas posições; os amantes de prazeres continuam a freqüentar os teatros, as corridas de cavalos, os antros de jogatina, e domina o máximo da excitação; a hora da graça, no entanto, vai-se rapidamente encerrando, e cada caso está a ponto de ser eternamente decidido. Poucos há que acreditem de alma e coração que temos um Céu a ganhar e um inferno de que fugir; estes, porém, revelam pelas obras a sua fé. CP 414 1 Os sinais da vinda de Cristo estão-se cumprindo rapidamente. Satanás vê que não lhe resta senão pouco tempo para operar, e tem posto seus agentes a trabalhar no sentido de revoltar as pessoas do mundo, para que os homens sejam enganados, iludidos, e se conservem ocupados e absorvidos até que termine o tempo da graça, e para sempre se feche a porta da misericórdia. CP 414 2 Os reinos deste mundo ainda não se tornaram os reinos de nosso Senhor e de Seu Cristo. Não vos enganeis; estai plenamente acordados, e agi com rapidez; pois a noite vem, na qual ninguém pode trabalhar. Não animeis estudantes que vos procuram, preocupados com a obra de salvar seus semelhantes, a entrar em curso após curso de estudo. Não prolongueis por muitos anos o tempo da educação. Assim fazendo, dai-lhes a impressão de que há tempo bastante, e esse próprio plano se demonstra para sua alma uma armadilha. CP 415 1 Muitos há que se encontram mais bem preparados, com mais discernimento espiritual e conhecimento de Deus, e que conhecem mais os Seus preceitos, ao entrarem no curso de estudos, do que quando se diplomam. Apodera-se deles a ambição de se tornarem homens instruídos, e são estimulados a acrescentar os estudos até que com eles ficam envaidecidos. Fazem dos livros seu ídolo, e estão dispostos a sacrificar a saúde e a espiritualidade a fim de obter educação. Limitam o tempo que é devido à oração, e deixam de aproveitar as ocasiões de fazer bem. Não põem em uso o conhecimento já adquirido, nem progridem na ciência de ganhar almas. O trabalho missionário torna-se cada vez menos desejável, ao passo que o anseio de sobrepujar no conhecimento dos livros cresce de modo anormal. Prosseguindo em seus estudos, separam-se do Deus de sabedoria. Alguns os felicitam por seu progresso, e estimulam-nos a obter título após título. ... CP 415 2 Foi dirigida a pergunta: "Acreditais na verdade? acreditais na terceira mensagem angélica? Se o credes, vivei então segundo a vossa fé." ... O tempo de graça não permite longamente delineados anos de preparo, Deus chama; ouvi-Lhe a voz, enquanto diz: "Vai trabalhar hoje na Minha vinha" (Mt 21:28). Agora, exatamente agora, é o tempo de trabalhar. ... CP 415 3 "O Senhor tem o Seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos Seus pés" (Na 1:3). Quem dera que os homens entendessem a paciência e a longanimidade de Deus! Ele restringe os próprios atributos. Seu onipotente poder está sob o controle da Onipotência. Ah! se os homens entendessem que Deus Se recusa a cansar-Se com a perversidade do mundo, estendendo ainda a esperança do perdão, mesmo aos menos merecedores! Sua paciência, porém, não continuará para sempre. Quem está preparado para a súbita mudança que se operará no trato de Deus com os pecadores? Quem estará preparado para escapar ao castigo que sobrevirá por certo aos transgressores? ... CP 416 1 Há uma grande obra a ser feita, e a vinha do Senhor necessita de obreiros. Os missionários devem penetrar nos campos antes de serem forçados a cessar com o trabalho. Há agora portas abertas por toda parte; os estudantes não se podem permitir esperar para completar anos de preparo; pois os anos que estão adiante de nós não são muitos, e precisamos trabalhar enquanto o dia durar. ... CP 416 2 Compreendei que nada digo nestas palavras para depreciar a educação, mas falo a fim de advertir os que se acham em risco de levar o que é lícito a ilícitos extremos, e de dar demasiado valor à educação humana. Insisti antes sobre o desenvolvimento da experiência cristã, porquanto sem isso, de nenhum proveito será a educação do aluno. CP 416 3 Se virdes que os estudantes estão em perigo de absorver-se com os estudos a ponto de negligenciar o estudo daquele Livro que os informa quanto à maneira de assegurar o futuro bem-estar de sua alma, não lhes apresenteis a tentação de se aprofundarem mais, de prolongarem o tempo de preparo. Por essa maneira, tudo quanto tornaria de valor para o mundo a educação dos alunos, desapareceria. ... CP 417 1 Enquanto o tempo durar, necessitaremos de escolas. Haverá sempre necessidade de educação; cumpre-nos, porém, cuidar em que ela não absorva todo interesse espiritual. Existe positivo risco em aconselhar alunos a prosseguir em ramo após ramo de educação, e em levá-los a pensar que, por esse meio, hão de obter a perfeição. A educação assim alcançada demonstrar-se-á deficiente em todo sentido. Diz o Senhor: "Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela Sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação" (1Co 1:19-21). CP 417 2 Moisés era instruído em toda a sabedoria dos egípcios. Pela providência de Deus, ele recebeu ampla educação; grande parte da qual, porém, teve de ser desaprendida e considerada como loucura. Suas impressões tiveram de ser apagadas por quarenta anos de experiência no cuidado das ovelhas e dos tenros cordeirinhos. Se muitos dos que se acham ligados à obra do Senhor fossem isolados como Moisés, sendo, pelas circunstâncias forçados a seguir qualquer humilde carreira até que o coração se lhes tornasse tenro, ... não seriam tão inclinados a engrandecer as próprias aptidões, ou a buscar demonstrar que a sabedoria de uma educação avançada podia tomar o lugar de um sadio conhecimento de Deus. ... CP 417 3 Os discípulos de Cristo não são chamados a engrandecer os homens, mas a Deus, fonte de toda a sabedoria. Dêem os educadores margem ao Espírito Santo para operar no coração humano. O maior dos mestres Se acha representado entre nós pelo Espírito Santo. Embora estudeis, embora vos seja dado atingir mais e mais alto, e ocupeis cada hora de vosso tempo de graça na perseguição do conhecimento, não ficareis completos. Ao chegar ao final, teríeis de perguntar a vós mesmos: Que benefício fiz aos que se encontram envoltos em plena escuridão? A quem comuniquei o conhecimento de Deus, e mesmo o conhecimento daquilo em cuja busca gastei tanto tempo e recursos? CP 418 1 Em breve se dirá no Céu: "Está consumado." "Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda. E eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra" (Ap 22:11, 12). Ao sair esse decreto, todo caso terá sido decidido. CP 418 2 Muito melhor seria que os obreiros tomassem menos trabalho, e o desempenhassem devagar e humildemente, usando o jugo de Cristo e levando-Lhe os fardos, do que dedicando anos de preparo para uma grande obra e deixando então de trazer filhos e filhas a Deus, deixando de ter qualquer troféu para depor aos pés de Jesus. ... CP 418 3 Quantos dos que conhecem a verdade para o tempo atual estão agindo em harmonia com os seus princípios? É verdade que se está fazendo alguma coisa; porém mais, incomparavelmente mais se deveria fazer. O trabalho acumula-se, ao passo que diminui o tempo para efetuá-lo. Todos devem ser agora lâmpadas ardentes e resplandecentes, e todavia muitos estão deixando de manter suas lâmpadas providas do óleo da graça, espevitadas e ardendo, de maneira que a luz resplandeça hoje. Muitos são os que estão contando com um longo amanhã; isso é um erro, no entanto. Seja cada um educado de maneira a mostrar a importância da obra especial para hoje. Trabalhe cada um para Deus e pelas almas; mostre cada um sabedoria e não seja nunca encontrado em ociosidade, esperando que alguém o ponha a trabalhar. O "alguém" que vos poderia fazer isso está demasiado assoberbado de responsabilidades, e perde-se o tempo esperando suas orientações. Deus vos dará sabedoria para uma reforma imediata; pois o chamado ainda continua: "Filho, vai trabalhar hoje na Minha vinha" (Mt 21:28). "Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 3:7, 8). O Senhor inicia o pedido com a acariciadora expressão "filho". Quão terno, quão compassivo, e todavia, por outro lado, quão urgente! Seu convite é também uma ordem. Special Testimonies on Education, p. 108-146. CP 419 1 Grande conhecimento é conhecer-se a si mesmo. O verdadeiro conhecimento de si próprio induz a uma humildade que abrirá o caminho para que o Senhor desenvolva o espírito, molde e discipline o caráter. Professor algum poderá fazer obra aceitável, a não ser que conserve em mente as próprias deficiências, e ponha de parte todos os planos capazes de enfraquecer a vida espiritual. Quando os mestres estiverem dispostos a pôr de lado o que não for essencial para a vida eterna, então se poderá dizer que estão operando a própria salvação com temor e tremor, e que estão edificando sabiamente para a eternidade. ------------------------Capítulo 59 -- A Palavra de Deus, um Tesouro CP 421 1 A Bíblia é do mais alto valor porque é a Palavra do Deus vivo. De todos os livros do mundo, é o mais merecedor de estudo e atenção; pois é eterna sabedoria. A Bíblia é uma história que nos conta a criação do mundo, e nos revela os séculos passados. Não fora ela, e seríamos deixados a conjeturar e formar fábulas quanto aos acontecimentos do remoto passado. Ela nos revela o Criador dos céus e da Terra, com o Universo que Ele trouxe à existência; e derrama gloriosa luz sobre o mundo por vir. CP 421 2 A Bíblia é um campo em que se ocultam celestes tesouros, e permanecerão escondidos até que, mediante diligente escavação, sejam descobertos e trazidos à luz. A Bíblia é um cofre contendo jóias de inestimável valor, as quais devem ser apresentadas de maneira que apareçam em seu verdadeiro brilho. A beleza e a excelência desses diamantes da verdade não se discernem com os olhos naturais. As belas coisas do mundo material não se enxergam enquanto o Sol, dissipando as trevas, não as inunda com a sua luz. Da mesma maneira, os tesouros da Palavra de Deus não são apreciados enquanto o Sol da Justiça não os revela. CP 422 1 A Bíblia contém simples e completo sistema de teologia e filosofia. É o livro que nos torna sábios para a salvação. Fala-nos do amor de Deus segundo é revelado no plano redentor, comunicando o conhecimento essencial a todos os estudantes - o conhecimento de Cristo. ... CP 422 2 Cristo não somente nos revelou a doutrina da expiação, apresentando a esperança da vida eterna, mas Suas palavras são o maná do Céu para alimento da alma, a fim de que esta receba forças espirituais. A Bíblia é a grande norma para aquilatar o direito e o erro, definindo claramente o pecado e a santidade. Seus princípios diretrizes, permeando-nos a vida quais fios de ouro, são nossa única segurança na prova e na tentação. CP 422 3 As Santas Escrituras constituíam o estudo essencial nas escolas dos profetas, e devem ocupar o primeiro lugar em todo sistema educativo; pois o fundamento de toda educação justa é o conhecimento de Deus. Usada como guia em nossas escolas, a Bíblia fará em favor do espírito e da moral o que não pode ser feito por livros de ciência ou filosofia. Como um livro para disciplinar e fortalecer o intelecto, enobrecer, purificar, e refinar o caráter, não tem rival. CP 422 4 Deus cuida de nós como seres inteligentes, e deu-nos Sua Palavra como lâmpada para nossos pés e luz para o nosso caminho. Seus ensinos têm vital importância para nossa prosperidade em todas as relações da vida. Mesmo em nossos negócios temporais, ela será melhor conselheiro que qualquer outro. A divina instrução que ela comunica, aponta o único e verdadeiro caminho para o êxito. Não há posição social, nenhum aspecto da experiência humana, para que o estudo da Bíblia não seja preparo essencial. Sabedoria Finita CP 423 1 A mera leitura da Bíblia, no entanto, não produzirá o resultado designado pelo Céu; ela deve ser estudada e nutrida no coração. A Escritura não tem recebido a cuidadosa atenção que merece. Não tem sido honrada acima de todos os outros livros na educação das crianças e dos jovens. Os alunos consagram anos a adquirir educação. Estudam vários autores, e familiarizam-se com a ciência e a filosofia mediante os livros que encerram os resultados das pesquisas humanas; mas o Livro que provém do divino Mestre, tem sido grandemente negligenciado. Não se lhe discerne o valor; seus tesouros permanecem ocultos. CP 423 2 Uma educação assim é deficiente. Quem e que são esses homens de saber para que a mente e o caráter dos jovens sejam moldados por suas idéias? Eles publicam pela pena e de viva voz os melhores resultados de seus raciocínios; aprendem, porém, apenas um aspecto da obra de Deus, e na curteza de suas vistas, chamando a isso de Ciência, exaltam-no acima do Deus da ciência. O homem é finito; não há iluminação em sua sabedoria. Sua razão, desajudada, nada pode explicar das profundas coisas de Deus, nem compreender as lições espirituais postas por Deus no mundo material. A razão, porém, é um dom de Deus, e Seu Espírito ajudará os que estão dispostos a ser ensinados. As palavras do homem, caso tenham algum valor, ecoam as palavras de Deus. Na educação da juventude, elas nunca deviam tomar o lugar da Palavra divina. CP 423 3 As frias e filosóficas especulações e pesquisas científicas, em que Deus não é reconhecido, são positivo dano. E o mal agrava-se quando, como freqüentemente acontece, os livros postos nas mãos dos jovens, aceitos como autoridade e em que se confia na educação deles, são de autores confessadamente incrédulos. Através de todos os pensamentos apresentados por esses homens, acham-se entremeados seus venenosos sentimentos. Estudar tais livros é como lidar com carvão; o aluno não pode deixar de contaminar a mente quando pensa segundo o ceticismo. CP 424 1 Os autores desses livros, que têm espalhado as sementes da dúvida e da infidelidade por todo o mundo, estiveram sob o ensino do grande inimigo de Deus e do homem, a reconhecida cabeça dos principados e potestades, o príncipe das trevas deste mundo. Eis o que Deus diz, referindo-se a eles: "Em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos"; "porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças" (Rm 1:21, 22). Rejeitaram a verdade divina, em sua simplicidade e pureza, pela sabedoria do mundo. CP 424 2 Sempre que se dá a preeminência aos livros desses autores incrédulos, ficando a Palavra de Deus em lugar secundário, sairá das escolas uma espécie de alunos que não se encontram mais bem preparados para o serviço de Deus do que antes de se educarem. O Motivo da Oposição à Bíblia CP 424 3 Não é por falta de testemunhos que os homens duvidam da verdade divina; não são infiéis devido à ignorância do caráter da Palavra de Deus. Em razão do pecado, porém, todo o organismo humano está desarranjado, a mente pervertida, corrupta a imaginação. As tentações exteriores encontram uma corda correspondente no coração, e os pés deslizam, imperceptivelmente para o pecado. E assim é que muitos odeiam a Bíblia. Alguns não se importariam se não houvesse Bíblia no mundo. CP 425 1 Quando o Filho de Deus estava sendo julgado, os judeus clamaram: "Tira! Tira! Crucifica-O!" (Jo 19:15) porque Sua vida pura e Seus santos ensinos os convenciam de pecado e os condenavam; e pela mesma razão muitos clamam em seu coração contra a Palavra de Deus. Muitos, mesmo das crianças e dos jovens, aprenderam a amar o pecado. Aborrecem a reflexão, e o pensamento da Palavra de Deus é um aguilhão para sua consciência. Porque o coração humano se inclina para o mal é tão perigoso semear o ceticismo nos espíritos juvenis. A Ciência e a Bíblia CP 425 2 Não quereríamos desanimar a educação, nem dar menos apreço à cultura e disciplina mentais. Deus quer que estudemos enquanto nos acharmos neste mundo. Deve-se aproveitar toda ocasião de adquirir cultura. As faculdades precisam ser fortalecidas pelo exercício, a mente culta e ampliada por meio de esforçado estudo; mas tudo isso se pode fazer, enquanto o coração vai-se tornando fácil presa do engano. É preciso que se comunique à alma a sabedoria do alto. É a exposição da Palavra de Deus que "dá luz e dá entendimento aos símplices" (Sl 119:130). Sua Palavra é dada para nossa instrução; nada há nela que seja falho ou de molde a orientar mal. A Bíblia não é para ser provada pelas idéias humanas quanto à ciência, mas a ciência deve ser submetida à prova da infalível norma. CP 426 1 Todavia o estudo da ciência não deve ser negligenciado. Precisam-se de livros para isso, mas eles devem estar em harmonia com a Bíblia, porquanto esta é a norma. Livros desta natureza devem substituir muitos dos que andam atualmente nas mãos dos alunos. CP 426 2 Deus é o autor da ciência. As pesquisas científicas abrem ao espírito vasto campo de idéias e informações, habilitando-nos a ver Deus em Suas obras criadas. A ignorância pode tentar apoiar o ceticismo, apelando para a ciência; em vez de o sustentar, porém, a verdadeira ciência contribui com novas provas da sabedoria e do poder de Deus. Devidamente compreendidas, a ciência e a Palavra escrita concordam entre si, lançando luz uma sobre a outra. Juntas, conduzem-nos para Deus, ensinando-nos algo das sábias e benéficas leis por que Ele opera. CP 426 3 Quando o aluno reconhece a Deus como fonte de todo o conhecimento, e O honra, sujeitando a mente e o caráter a serem modelados por Sua Palavra, pode requerer a promessa: "Aos que Me honram honrarei" (1Sm 2:30). Quanto mais aplicadamente for cultivado o intelecto, tanto mais eficazmente ele poderá ser empregado no serviço de Deus, uma vez que seja posto sob a direção de Seu Espírito. Talentos usados, são talentos que se multiplicam. A experiência nas coisas espirituais amplia a visão dos santos e dos anjos, e ambos crescem na capacidade e no conhecimento à medida que trabalham em suas respectivas esferas. CP 426 4 "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis, os Seus caminhos!" (Rm 11:33). Special Testimonies on Education, p. 52 a 57. ------------------------Capítulo 60 -- O Livro dos Livros CP 427 1 Que livro se pode comparar com a Bíblia? O conhecimento de seus ensinos é essencial a toda criança e jovem, e aos que são de idade madura; pois ela é a Palavra de Deus dada a fim de guiar a família humana para o Céu. Há no mundo hoje muitos deuses e doutrinas. Sem uma compreensão das Escrituras é impossível à juventude compreender o que é a verdade, ou distinguir entre as coisas sagradas e as comuns. CP 427 2 A Palavra de Deus deve ser tida como o mais elevado livro educativo de nosso mundo, e ser tratada com reverente temor. Deve ser posta nas mãos das crianças e jovens, como o grande guia, a fim de que possam receber de Deus aquele conhecimento correto que significa vida eterna. A História na Bíblia CP 427 3 As grandiosas verdades da história sagrada possuem surpreendente força e beleza, e têm tão grande alcance como a eternidade. Que conhecimento mais importante se pode obter do que aquele que esboça a queda do homem, e as conseqüências do pecado que abriu sobre o mundo a maré de desgraças; que fala a respeito do primeiro advento de Cristo? A encarnação de Cristo, Sua divindade, Sua obra expiatória, Sua maravilhosa vida no Céu como nosso advogado, o ofício do Espírito Santo, sim, todos estes temas vitais do Cristianismo estão revelados desde o Gênesis até ao Apocalipse. Cada um é um elo de ouro na cadeia perfeita da verdade. Por que, pois, não deveriam as Escrituras ser exaltadas em cada escola de nosso país? CP 428 1 Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios; contudo ele disse a Israel: "Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes estatutos e dirão: Só este grande povo é gente sábia e inteligente. Por que... que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós? Tão-somente guarda-te a ti mesmo e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e as farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos" (Dt 4:5-9). CP 428 2 Onde acharemos leis mais nobres, puras, e justas do que as que se acham expostas nos livros dos estatutos, nos quais está registrada a instrução dada a Moisés para os filhos de Israel? De que outra fonte podemos colher semelhante força, ou aprender tão nobre ciência? Que outro livro ensinará tão bem aos homens a amar a Deus, temê-Lo e obedecer-Lhe? Que outro livro apresenta aos estudiosos ciência mais enobrecedora, história mais maravilhosa? Ele retrata claramente a justiça, e prediz a conseqüência da deslealdade para com a lei de Jeová. A Bíblia Como Literatura CP 428 3 Como fator de educação, a Bíblia é de mais valor do que os escritos de todos os filósofos de todos os séculos. Em sua vasta série de estilos e assuntos, há algo para interessar e instruir a toda mente, para enobrecer a todo interesse. A luz da revelação resplandece em todo seu brilho no passado remoto, aonde os anais da história humana não lançam sequer um raio de luz. Há ali poesia que provocou o pasmo e admiração do mundo. Em resplendente beleza, em majestade sublime e solene, em comovente piedade, não se rivalizam com ela as mais brilhantes produções humanas. Há uma sólida lógica, desapaixonada eloqüência. Existem estampadas ali as nobres ações das pessoas honradas, exemplos de virtude particular e de honra pública, bem como lições de piedade e pureza. Uma Força Moral CP 429 1 Estudando as Escrituras nós nos familiarizamos com Deus e somos levados a compreender nossa relação para com Cristo, Aquele que leva os nossos pecados, a segurança da raça decaída. Ninguém fica em trevas quanto àquilo que Deus aprova ou reprova. CP 429 2 A Bíblia contém instrução a respeito do caráter que os filhos de Deus devem possuir. "Bem-aventurados os limpos de coração", declara ela, "porque eles verão a Deus" (Mt 5:8). "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12:14). "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro" (1Jo 3:2, 3). CP 429 3 Este importantíssimo conhecimento deve ser conservado perante nossos filhos e jovens, não de maneira arbitrária, ditatorial, mas como revelação divina, como instrução do mais alto valor, essencial à sua presente paz neste mundo de torvelinho e contendas, e como preparo para a futura vida eterna, no reino de Deus. Colocai, pois, a Santa Palavra em suas mãos. Animai-os a examinar-lhe as páginas. Acharão ali tesouros de inestimável valor. E, recebendo a Cristo como o pão da vida, eles têm o penhor da vida eterna. CP 430 1 Os dizeres de Cristo são ouro puro, sem uma partícula de escória. Quando os que receberam a interpretação falsa da Palavra examinam com decidido esforço as Escrituras, no intuito de conhecer o que é a verdade, o Espírito Santo lhes abre os olhos do entendimento, e a Palavra é para eles uma nova revelação. O seu coração é despertado com uma nova e viva fé, e vêem na lei divina coisas maravilhosas. Os ensinos de Cristo têm para eles uma amplitude e um sentido que nunca antes compreendiam. CP 430 2 Os jovens necessitam de educadores que conservem sempre diante de si os princípios da Palavra de Deus. Se os professores fizerem dos preceitos da Bíblia o seu guia, terão maior influência sobre os jovens. Serão aprendizes, tendo com Deus uma ligação viva. Esforçar-se-ão por incutir idéias e princípios que conduzam a mais amplo conhecimento de Deus, a uma fervorosa e crescente fé, no sangue de Cristo e na virtude e eficácia de Sua graça para os guardar da queda. Procurarão constantemente edificar a fortaleza de uma experiência cristã sadia e bem equilibrada, a fim de que seus estudantes possam estar habilitados a serem de utilidade. ------------------------Capítulo 61 -- O Professor de Educação Religiosa CP 431 1 Os que tiverem mais vocação para o ministério devem ser empregados para dar aulas de Bíblia em nossas escolas. As pessoas escolhidas para essa obra precisam ser aprimorados estudantes da Bíblia; homens que tenham profunda experiência cristã; e seu ordenado deve ser pago do dízimo. CP 431 2 O professor de Bíblia deve ser uma pessoa apta a ensinar os alunos a apresentarem as verdades da Palavra de Deus em público, de modo claro e atrativo, e a fazer eficiente obra evangelística de casa em casa. É essencial que ele seja hábil em ensinar os que desejam trabalhar para o Mestre, a empregar sabiamente o que aprenderam. Deve instruir os alunos a iniciar o estudo da Bíblia com espírito de humildade, a pesquisar suas páginas, não em busca de provas para manter opiniões humanas, mas com o sincero desejo de conhecer o que Deus disse. CP 431 3 Bem cedo em sua vida cristã devem nossos estudantes ser ensinados a se tornarem obreiros bíblicos. Os que são consagrados e dóceis ao ensino, podem ser bem-sucedidos no serviço ativo de Cristo enquanto prosseguem nos cursos de estudo. Se eles empregarem muito tempo em oração, se humildemente se aconselharem com seus instrutores, crescerão no conhecimento da maneira de trabalhar em favor de almas. E, ao saírem para o grande campo da seara, poderão confiantemente orar: "Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos" (Sl 90:17). CP 432 1 A tarefa de ensinar as Escrituras aos jovens, em nossas escolas, não deve ser deixada inteiramente sobre um professor por longa série de anos. O mestre de Bíblia poderá ser muito apto a apresentar a verdade, todavia não será o melhor para a experiência cristã dos alunos que seu estudo da Palavra de Deus seja dirigido por um homem só, termo escolar após termo, ano após ano. Vários professores devem ter parte nessa obra, mesmo que não possuam todos tão pleno conhecimento das Escrituras. Se vários, em nossas escolas, se unirem na obra de ensinar as Escrituras, os alunos poderão ter assim o benefício dos talentos de diversos professores. CP 432 2 Por que necessitamos de Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo e todos os escritores que deram testemunho quanto à vida e ao ministério do Salvador? Por que não poderia um dos discípulos escrever o relatório completo, sendo-nos dada assim uma relação organizada da vida terrestre de Cristo? Por que introduz um dos escritores pontos que outro não menciona? Por que, se esses pontos são essenciais, não os mencionaram todos esses escritores? É porque a mente dos homens difere. Nem todos compreendem as coisas exatamente de igual maneira. Certas verdades bíblicas impressionam muito mais fortemente o espírito de alguns do que de outros. CP 432 3 O mesmo princípio se aplica aos oradores. Um demora-se consideravelmente em pontos que outros passariam rápido ou nem mencionariam sequer. Toda a verdade é apresentada mais claramente por vários do que por um só. Os Evangelhos diferem, mas as narrações de todos se combinam em um todo harmônico. CP 432 4 Assim hoje o Senhor não impressiona os espíritos do mesmo modo. Com freqüência, por meio de experiências anormais, sob especiais circunstâncias, Ele dá a alguns estudantes da Bíblia visões da verdade que outros não apreendem. É possível ao mais preparado professor de Bíblia ficar muito longe de ensinar tudo quanto deve ser ensinado. CP 433 1 Muito beneficiaria nossas escolas o celebrarem freqüentemente reuniões regulares, em que todos os professores tomassem parte no estudo da Palavra de Deus. Deviam examinar as Escrituras como os nobres bereanos. Deviam subordinar todas as idéias preconcebidas e, tomando como texto a Bíblia, comparando passagem com passagem, deviam aprender o que convinha ensinar a seus alunos, e a maneira de os preparar para um serviço aceitável. CP 433 2 O êxito do mestre depende, em grande parte, do espírito introduzido na obra. A profissão de fé não torna os homens cristãos; mas, se os professores abrirem o coração ao estudo da Palavra, serão capazes de ajudar seus alunos a chegar à melhor compreensão. Não permitais que penetre aí o espírito de discussão, mas busque cada um, fervorosamente, a luz e o conhecimento de que necessita. CP 433 3 A Palavra de Deus é verdadeira filosofia, ciência verdadeira. As opiniões humanas e a pregação sensacional, pouco valem. Os que se acham imbuídos da Palavra de Deus, ensiná-la-ão da maneira singela como a ensinava Jesus. O maior Mestre do mundo empregava a mais simples linguagem e os símbolos mais simples. CP 433 4 O Senhor chama Seus pastores para alimentarem o rebanho com pura forragem. Ele quer que esses pastores apresentem a verdade em sua singeleza. Quando esta obra for fielmente feita, muitos serão convencidos e convertidos pelo poder do Espírito Santo. Há necessidade de professores de Bíblia que se acheguem aos não-convertidos, que busquem as ovelhas perdidas, que façam trabalho pessoal, e dêem instruções claras e definidas. CP 434 1 Jamais enuncieis pensamentos de dúvida. O ensino de Cristo era sempre positivo em sua natureza. Com um tom de firmeza, apresentai uma mensagem definida. Exaltai o Homem do Calvário, alto, e mais alto, ainda; há poder na exaltação da cruz de Cristo. CP 434 2 É o privilégio do estudante ter idéias claras e precisas da verdade da Palavra, a fim de estar habilitado a apresentar essas verdades a outros espíritos. Cumpre-lhe estar arraigado e fundado na fé. Os alunos devem ser levados a pensar por si mesmos, a ver por si mesmos a força da verdade, e falar de tal modo que toda palavra proferida saia de um coração cheio de amor e ternura. Esforçai-vos por incutir-lhes na mente as verdades vitais da Bíblia. Repitam eles essas verdades com suas próprias palavras, de modo deixar claro que as compreendem claramente. Certificai-vos de que cada ponto esteja firmado na mente. Talvez isso seja um processo vagaroso, mas é dez vezes melhor do que passar apressadamente sobre importantes assuntos, sem lhes dar a devida consideração. Não basta que o aluno acredite por si mesmo na verdade; deve ser levado a apresentar claramente essa verdade, com suas próprias palavras, para que fique evidente que ele vê a força da lição e sabe aplicá-la. CP 434 3 Em todos os vossos ensinos não esqueçais nunca que a maior lição a ser ensinada e aprendida é a da união com Cristo na obra de salvar. A educação a ser adquirida mediante o exame das Escrituras é um conhecimento experimental do plano da salvação. Tal educação restaurará na alma a imagem de Deus. Ela fortalecerá e fortificará o espírito contra a tentação, e habilitará o estudante a tornar-se coobreiro de Cristo em Sua missão de misericórdia para com o mundo. Ela o fará membro da família celeste, prepará-lo-á para participar da herança dos santos na luz. CP 435 1 O professor que ensina a verdade só pode transmitir com eficácia aquilo que ele próprio conhece por experiência. Cristo ensinou a verdade porque Ele próprio era a verdade. Seu pensar, o caráter, a experiência de Sua vida, achavam-se encarnados em Seu ensino. O mesmo se dá com Seus servos: os que ensinam a Palavra devem tornar-se seus possuidores mediante experiência pessoal. Devem saber o que é ser Cristo feito para eles sabedoria, justiça, santificação e redenção. Todo ministro de Cristo e todo professor devem poder dizer com o amado João: "A vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada" (1Jo 1:2). CP 435 2 Muitas vezes parecerá ao professor que a Palavra de Deus pouca influência tem no coração e no espírito de muitos estudantes; mas se seu trabalho foi efetuado em Deus, algumas lições da verdade divina hão de deter-se na memória dos mais descuidosos. O Espírito Santo regará a semente lançada, e ela brotará ao cabo de muitos dias dando frutos para a glória de Deus. Simplicidade no Ensino CP 435 3 Os professores podem aprender uma lição do incidente do fazendeiro que pôs a comida das ovelhas em uma manjedoura tão alto que as menores do rebanho não a podiam alcançar. Alguns mestres apresentam a verdade aos alunos de maneira semelhante. Põem tão alto a manjedoura, que aqueles a quem ensinam não podem alcançar o alimento. Esquecem-se de que os alunos possuem apenas uma parte da oportunidade que eles têm tido para obter conhecimento de Deus. Encontram-se demasiado alto na escada para estender para baixo mão ajudadora, cálida de ternura e amor, de profundo e fervoroso interesse. Desçam eles, e, com suas próprias maneiras, digam aos alunos: CP 436 1 "Não permanecerei por mais tempo tão superior a vocês. Subamos juntos, e veremos o que se pode obter pelo estudo, em conjunto, das Escrituras. Cristo é quem comunica todo o conhecimento. Trabalhemos juntos no esforço de aprender com Deus a compreender as verdades de Sua Palavra, e a apresentar a outros essas verdades em sua simplicidade e beleza. CP 436 2 "Estudemos juntos. Nada tenho que vocês não possam receber, se abrirem a mente aos ensinos de Cristo. A Bíblia é seu Livro-guia, assim como é o meu. Fazendo perguntas, vocês poderão sugerir idéias novas para mim. As várias maneiras de exprimir a verdade que estamos estudando, trarão luz à nossa classe. Se qualquer explanação da Palavra for diversa da compreensão que tinham anteriormente, não hesitem em expor seus pontos de vista sobre o assunto. A luz resplandecerá sobre nós enquanto, na mansidão e humildade de Cristo, estudarmos juntos." CP 436 3 Era assim que eram dirigidas as escolas dos profetas. Dava-se tempo na classe para fiel estudo dos pensamentos apresentados. Os corações se aqueciam, e se fazia ouvir a voz do louvor e das ações de graças. O sagrado evangelho humanizava-se, como nos ensinos de Cristo. Tanto os mestres como os discípulos realizavam muito. Consagrava-se tempo a que cada um participasse do celeste banquete - o estudo das verdades apresentadas, acrescentando então aquilo que ele próprio recebera de Deus. CP 437 1 Quando professores e alunos mantêm o devido espírito, têm especial graça de Deus - graça suficiente para cada um e para todos, suficiente graça contínua, para sempre. Ao aprenderem, os professores, do divino Mestre, a Bíblia se torna um guia de estudo, como Deus designou que fosse, oferecendo claras concepções aos que se esforçam por apreender-lhe as grandes e gloriosas verdades. Quando os estudantes buscam a verdade como a tesouros escondidos, a mente se lhes enriquece com o mais elevado de todos os conhecimentos. Derrama-se no espírito uma profusão de luz sobre o problema da vida humana. Vêem como é possível que homens e mulheres sejam santificados por meio da crença na verdade tal como é em Jesus. CP 437 2 As jóias da verdade jazem esparsas no campo da revelação; foram, porém, soterradas pelas tradições humanas, pelos dizeres e mandamentos dos homens; e a sabedoria do Céu tem sido, por assim dizer, ignorada. Satanás tem tido êxito em fazer crer que as palavras e as realizações dos homens são de grande importância. Há veios da verdade ainda a serem descobertos; mas as coisas espirituais se discernem espiritualmente. Uma passagem da Escritura se demonstrará a chave para descerrar outras passagens e, por esse modo, deita-se luz sobre o oculto sentido da palavra. Comparando-se os vários textos que tratam do mesmo assunto, considerando-lhes o conteúdo de todos os lados, a verdadeira significação das Escrituras se tornará evidente. ------------------------Capítulo 62 -- O Fracasso no Estudo da Palavra de Deus CP 438 1 Aquilo que, nos conselhos celestes, o Pai e o Filho julgaram essencial à salvação do homem acha-se claramente apresentado nas Escrituras Sagradas. As infinitas verdades da salvação são tão claramente expressas, que os seres finitos que desejam conhecer a verdade não podem deixar de compreender. Têm sido feitas revelações divinas para sua instrução na justiça, a fim de que glorifiquem a Deus e ajudem a seus semelhantes. CP 438 2 Essas verdades encontram-se na Palavra de Deus - a norma pela qual nos cumpre julgar entre o certo e o erro. A obediência a esta Palavra é, para a juventude, o melhor escudo contra as tentações a que se acham expostos enquanto se educam. Com essa Palavra aprenderão a honrar a Deus e a ser fiéis à humanidade, cumprindo alegremente os deveres, e enfrentando as provas que cada dia traz, levando corajosamente seus fardos. CP 438 3 Cristo, o grande Mestre, procurou desviar a mente dos homens da contemplação das coisas terrestres a fim de poder-lhes ensinar as celestiais. Houvessem os mestres de Seu tempo sido voluntários para serem instruídos por Ele, houvessem eles unido-se a Ele no semear o mundo com a verdade, e a Terra seria bem diversa do que é hoje. Houvessem os escribas e fariseus juntado suas forças ao Salvador, e o conhecimento de Cristo teria restaurado a imagem de Deus em sua alma. CP 438 4 Os guias de Israel, porém, desviaram-se da fonte do verdadeiro conhecimento. Estudavam as Escrituras apenas para apoiar as próprias tradições e validar suas observâncias de feitura humana. Por suas interpretações, faziam com que elas exprimissem sentimentos nunca manifestados por Deus. O sentido místico que lhe davam tornava indistinto aquilo que Deus fizera claro. Discutiam pormenores e negavam, por assim dizer, as verdades mais essenciais. Roubavam à Palavra de Deus o poder, e os maus espíritos executavam assim a própria vontade. CP 439 1 As palavras de Cristo não contêm coisa alguma que não seja essencial. O Sermão do Monte é uma admirável produção, todavia é tão simples que uma criança pode estudar sem incompreensões. O monte das bem-aventuranças é um símbolo da elevação espiritual em que Cristo sempre Se achava. Toda palavra que Ele proferia, provinha de Deus e falava com autoridade do Céu. "As palavras que Eu vos disse", disse Ele, "são espírito e vida" (Jo 6:63). Seu ensino é cheio de enobrecedoras e salvadoras verdades, às quais as mais elevadas ambições dos homens e suas mais profundas indagações não se podem comparar. Ele estava desperto para a terrível ruína iminente sobre a raça, e veio, por Sua justiça, salvar almas, trazendo ao mundo definida certeza de esperança e completo alívio. CP 439 2 É porque as palavras de Cristo são desatendidas, porque se dá à Palavra de Deus lugar secundário na educação, que a infidelidade prevalece e a iniqüidade se espalha. Coisas de menor importância preocupam a mente de muitos dos professores de hoje. Grande massa de tradições, não encerrando senão mera semelhança de verdade, é introduzida nos cursos de estudo dados nas escolas do mundo. A força de boa parte do ensino humano reside na afirmação, não na verdade. Os professores da atualidade só podem usar a capacidade de mestres anteriores. Mas com todo o peso de importância que possa ser conferida às palavras dos maiores autores humanos, existe consciente incapacidade para remontar ao primeiro grande princípio, a Fonte da infalível sabedoria. Há uma penosa incerteza, uma busca incessante, um distender-se em procura da certeza que unicamente em Deus se pode achar. Pode-se tocar a trombeta da grandeza humana, mas incerto é seu sonido; não é digno de confiança, e não se pode, por ele, assegurar a salvação de almas. CP 440 1 Adquirindo conhecimento terrestre, os homens têm julgado obter um tesouro; e têm posto à margem a Bíblia, ignorando que ela encerra um tesouro que vale tudo o mais. A falta do estudo da Palavra de Deus e da obediência a ela, tem trazido confusão ao mundo. Os homens têm deixado a proteção de Cristo pela do grande rebelde, o príncipe das trevas. Fogo estranho se tem misturado ao fogo sagrado. A acumulação de coisas que fomentam a concupiscência e a ambição, tem trazido sobre o mundo os juízos do Céu. CP 440 2 Quando em dificuldade, os filósofos e homens de Ciência buscam satisfazer ao espírito sem recorrer a Deus. Ventilam sua filosofia quanto ao céu e à Terra, atribuindo as pragas, pestes, epidemias, terremotos e fomes a motivos expostos por sua suposta Ciência. Às perguntas relativas à criação e à providência, tentam responder, dizendo: Essa é uma lei da natureza. Conhecimento Mediante Obediência CP 440 3 A desobediência tem cerrado a porta a ampla soma de conhecimento que se poderia ter obtido da Palavra de Deus. Houvessem os homens sido obedientes, e teriam compreendido o plano do governo divino. O mundo celeste teria aberto à exploração seus arcanos de graça e glória. Na forma, na linguagem, no cântico, os seres humanos teriam sido inteiramente superiores ao que hoje são. O mistério da redenção, a encarnação de Cristo, Seu sacrifício expiatório, não seriam coisas vagas em nossa mente. Não somente seriam melhor compreendidas, como incomparavelmente mais apreciadas. CP 441 1 A negligência do estudo da Palavra de Deus é a grande causa de debilidade e ineficiência mentais. Desviando-se dessa Palavra para alimentar-se dos escritos dos homens não inspirados, o espírito se amesquinha e vulgariza. Não é posto em contato com os profundos e vastos princípios da verdade eterna. O entendimento se adapta à compreensão das coisas com que se acha familiarizado; e nessa consagração às coisas finitas, se enfraquece, seu poder diminui, tornando-se, depois de algum tempo, incapaz de expandir-se. CP 441 2 Tudo isso é falsa educação. A obra de todo professor deve ser firmar a mente dos jovens nas grandes verdades da Palavra da Inspiração. Essa é a educação essencial para esta vida e a por vir. CP 441 3 E não se pense que isso impedirá o estudo das Ciências ou dará lugar ao abaixamento da norma educativa. O conhecimento de Deus é alto como o céu e amplo como o Universo. Não há nada tão enobrecedor e próprio para revigorar, como o estudo dos grandes temas que dizem respeito à nossa vida eterna. Procure a juventude apoderar-se dessas verdades dadas por Deus, e a mente se lhes dilatará e tornará forte nesse esforço. Ele levará todo jovem que for praticante da Palavra a mais vasto campo de idéias, assegurando-lhe imperecível riqueza de conhecimentos. CP 442 1 A ignorância que ora infelicita o mundo, quanto às obrigatórias reivindicações da lei de Deus, é o resultado de negligenciar o estudo das Escrituras. É o elaborado plano de Satanás absorver e ocupar, por tal forma, o espírito, que o grande Livro-guia vindo de Deus não seja considerado como o Livro dos livros, e o pecador não se desvie do caminho da transgressão para o caminho da obediência. CP 442 2 Por que nossos jovens, e mesmo os de idade mais madura, são tão facilmente levados à tentação e ao pecado? É porque a Bíblia não é estudada e meditada como devia ser. Se dela se fizesse estudo diário, haveria uma retidão interior, uma fortaleza de espírito capazes de resistir às tentações do inimigo. Não se observa na vida firme e decidido esforço para se desviar do mal, porque as instruções dadas por Deus são rejeitadas. Não há o esforço que devia ser feito a fim de encher a mente de pensamentos puros, santos, libertando-a de tudo quanto é impuro e falso. Não se faz a escolha da melhor parte - sentar-se aos pés de Jesus como Maria a fim de aprender lições do divino Mestre. CP 442 3 Quando a Palavra de Deus se torna nosso conselheiro, quando examinamos as Escrituras em busca de luz, anjos celestes se aproximam para impressionar o espírito e iluminar o entendimento, de modo que se possa em verdade dizer: "A exposição das Tuas Palavras dá luz e dá entendimento aos símplices" (Sl 119:130). Não admira o não haver mais mentes que se ocupem do Céu, entre os jovens que professam o Cristianismo, quando tão pouca atenção se dá à Palavra de Deus. Os divinos conselhos não são atendidos; as advertências do Senhor não são obedecidas. Não se buscam graça e sabedoria celestes, para que se purifique a vida de todo traço de corrupção. Caminhos Proibidos CP 443 1 Fosse a mente dos jovens retamente dirigida, e sua conversação seria sobre temas elevados. Quando a mente é pura e os pensamentos enobrecidos pela verdade de Deus, as palavras serão da mesma natureza - "como maçãs de ouro em salvas de prata" (Pv 25:11). Com a atual compreensão, porém, e as práticas atuais, com a baixa norma que os cristãos se contentam em atingir, vulgar é a conversação, e destituída de proveito. É da Terra, terrena, e não chega sequer ao nível da conversa das mais cultas classes mundanas. Quando Cristo e o Céu forem objeto de reflexão, a conversa o indicará. A linguagem será temperada com graça, e o que fala manifestará a educação recebida na escola do divino Mestre. CP 443 2 Cumpre-nos considerar a Bíblia como a revelação, a nós feita por Deus, das coisas eternas - as coisas de maior importância para nosso conhecimento. Pelo mundo é ela atirada a um lado, como se já se houvesse acabado de manuseá-la; um milênio de pesquisas, no entanto, não havia de esgotar o oculto tesouro que ela encerra. Unicamente a eternidade desvendará a sabedoria desse Livro; porquanto é a sabedoria de uma mente infinita. Cultivaremos, então, profundo interesse pelas produções de autores humanos, desprezando a Palavra de Deus? É este anseio por alguma coisa que eles nunca deveriam desejar, que faz com que os homens substituam o verdadeiro conhecimento por aquilo que jamais os poderá tornar sábios para a salvação. Não considereis verdade as afirmações dos homens, quando elas se acham em contradição com a Palavra de Deus. CP 444 1 O Criador dos céus e da Terra, a Fonte de toda a sabedoria, não é inferior a ninguém. Mas autores tidos como grandes, cujas obras são empregadas como livros de estudo, são aceitos e glorificados, embora não tenham nenhuma ligação vital com Deus. Por esse estudo tem sido o homem induzido a caminhos proibidos. Pessoas têm fatigado mortalmente o cérebro em trabalho desnecessário, no esforço de obter aquilo que lhes é como o conhecimento que Adão e Eva obtiveram por meio da desobediência a Deus. CP 444 2 Hoje em dia, os rapazes e moças levam anos a adquirir uma educação que é como madeira e palha, a serem consumidos na última e grande conflagração. A tal educação Deus não dá nenhum valor. Muitos estudantes deixam a escola incapazes de receber a Palavra de Deus com a reverência e o respeito que lhe rendiam antes de ali terem entrado. Sua fé foi eclipsada, no esforço de distinguir-se nos vários estudos. A Bíblia não foi considerada, em sua educação, assunto vital, mas livros impregnados de ateísmo e propagadores de teorias errôneas foram-lhes postos nas mãos. CP 444 3 Todas as matérias desnecessárias devem ser extirpadas dos cursos de estudo, e oferecidos ao aluno unicamente os estudos que lhe forem de real valor. Com esses, apenas, precisa ele se familiarizar, a fim de poder garantir a vida que se compara com a vida de Deus. À medida que a mente for chamada a considerar os grandes temas da salvação, erguer-se-á mais e mais alto na compreensão desses assuntos, deixando para traz os temas vulgares e insignificantes. Um Exemplo CP 445 1 Que tornou grande a João Batista? Ele cerrou a mente à massa de tradições apresentada pelos mestres da nação judaica, abrindo-a à sabedoria que vem do alto. Antes de João nascer, o Espírito Santo testificou a seu respeito: "Será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo. ... E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e irá adiante dEle no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos; com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lc 1:15-17). CP 445 2 Em sua profecia, disse Zacarias com referência a João: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os Seus caminhos, para dar ao Seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados, pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o Oriente do alto nos visitou, para alumiar os que estão assentados em trevas e sombra de morte, a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz." E acrescenta Lucas: "O menino crescia, e se robustecia em espírito, e esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel" (Lc 1:76-80). CP 445 3 Foi escolha de João o renunciar os prazeres e luxos da vida da cidade pela rigorosa disciplina do deserto. Aqui o ambiente era favorável aos hábitos de disciplina e renúncia. Sem ser interrompido pelo clamor do mundo, podia aí estudar as lições da natureza, da revelação e da providência. As palavras do anjo a Zacarias haviam sido muitas vezes repetidas por seus piedosos pais. Desde sua infância, conservaram-lhe presente sua missão e ele aceitara o santo legado. Para ele, a solidão do deserto era bem-vindo escape à sociedade em que, por assim dizer, campeava a suspeita, a incredulidade e a impureza. Ele desconfiava do próprio poder de resistência à tentação, e fugia do contínuo contato com o pecado, não viesse a perder o senso de sua excessiva malignidade. CP 446 1 A vida de João, no entanto, não foi passada em ociosidade, em ascética tristeza ou em isolamento egoísta. De tempos a tempos ia ele misturar-se com os homens, e era sempre observador interessante do que se ia passando no mundo. De seu sossegado retiro, vigiava o desenrolar dos acontecimentos. Visão iluminada pelo Espírito divino, estudava o caráter dos homens a fim de ser-lhe possível compreender como se devia aproximar do coração deles com a mensagem do Céu. CP 446 2 A respeito de Cristo, disse Simeão: "Agora, Senhor, podes despedir em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, pois já os meus olhos viram a Tua salvação, a qual Tu preparaste perante a face de todos os povos, luz para alumiar as nações e para glória de Teu povo Israel" (Lc 2:29-32). E a narração declara: "Crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens" (Lc 2:52). CP 446 3 Jesus e João eram apresentados pelos educadores daquele tempo como ignorantes, porque não tinham estudado nas escolas dos rabis; o Deus do Céu, porém, era seu professor, e todos quantos ouviam surpreendiam-se do conhecimento das Escrituras que eles possuíam. CP 447 1 A primeira grande lição em toda educação é conhecer e compreender a vontade de Deus. Devemos introduzir na vida diária o esforço de adquirir esse conhecimento. Aprender a Ciência através da interpretação humana apenas é falsa educação; aprender de Deus e de Cristo, porém, é aprender a Ciência do Céu. A confusão em matéria educativa sobreveio devido a não haverem sido exaltados a sabedoria e o conhecimento de Deus. CP 447 2 Os alunos de nossas escolas precisam considerar o conhecimento de Deus acima de tudo mais. "A palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. ... A loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Mas vós sois dEle, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1Co 1:18, 19, 25, 30, 31). CP 447 3 Os que professam crer na Palavra devem orar diariamente pedindo que a luz do Espírito Santo brilhe sobre as páginas do Sagrado Livro a fim de que eles sejam habilitados a compreender as coisas do Espírito de Deus. ... As palavras dos homens, embora grandes, não são capazes de tornar-nos perfeitos, e perfeitamente instruídos, "para toda boa obra" (2Tm 3:17). ------------------------Capítulo 63 -- Alguns Resultados do Estudo da Bíblia CP 448 1 A Bíblia contém tudo quanto é necessário para a salvação da alma, e ao mesmo tempo é apta para fortalecer e disciplinar a mente. Usada como livro de estudo em nossas escolas, demonstrar-se-á muito mais eficaz que outros livros no guiar sabiamente nos negócios desta vida, bem como em ajudar a alma a galgar a escada que leva ao Céu. A Bíblia dá ao verdadeiro indagador avançado exercício mental; ele sai da contemplação das coisas divinas com as faculdades enriquecidas. O próprio eu é humilhado, ao passo que Deus e Sua verdade são exaltados. É porque os homens não se acham relacionados com as verdades bíblicas, que há tanta exaltação do próprio homem, e tão pouca honra é prestada a Deus. CP 448 2 Ao examinar as páginas da Palavra de Deus, passamos através de cenas majestosas e eternas. Contemplamos a Jesus, o Filho de Deus, vindo ao nosso mundo, e empenhando-Se no misterioso conflito que derrotou os poderes das trevas. Quão maravilhoso, quase inacreditável é que o infinito Deus consentisse na humilhação de Seu Filho unigênito! Meditem os estudantes nesse grande pensamento. Não sairão dessa meditação sem sentir-se elevados, purificados e enobrecidos. CP 448 3 A Palavra de Deus é o alimento espiritual com que o cristão precisa fortalecer-se no espírito e no intelecto, de modo a poder batalhar pela verdade e justiça. A Bíblia ensina que todo pecado que nos assalta deve ser posto de lado; que a guerra contra o mal precisa ser levada avante até que todo erro seja vencido. O instrumento humano precisa colocar-se como estudante voluntário na escola de Cristo. Ao aceitar a graça que lhe é abundantemente oferecida, a presença do Salvador nos pensamentos e no coração dar-lhe-á firmeza de propósito para pôr de lado toda carga, a fim de que o coração se encha de toda a plenitude de Deus. CP 449 1 A singeleza da verdadeira piedade tem de ser introduzida na educação de nossos jovens, caso eles hajam de saber como escapar da corrupção do mundo. Cumpre ensinar-lhes que os verdadeiros seguidores de Cristo servirão a Deus, não somente quando isso esteja em harmonia com suas inclinações, mas também quando envolva renúncia e sacrifício. Os pecados que assediam devem ser combatidos e vencidos. Traços objetáveis de caráter, sejam eles herdados ou cultivados, devem ser comparados com a grande norma da justiça, e então vencidos no poder de Cristo. Dia a dia, hora a hora, deve operar-se no interior vigorosa obra de abnegação e santificação; então, as obras darão testemunho de que Jesus habita no coração pela fé. A santificação não fecha as entradas da alma ao conhecimento, mas amplia a mente, inspirando-lhe o desejo de buscar a verdade como a tesouros escondidos. Guia Infalível CP 449 2 O jovem que faz da Bíblia seu guia não necessita enganar-se quanto ao caminho do dever e da segurança. Esse Livro lhe ensinará a manter a integridade de caráter, a ser fidedigno, a não usar de engano. Ensinar-lhe-á que precisa não transgredir jamais a lei de Deus a fim de realizar um desejo objetivo, mesmo que a obediência envolva sacrifício. Ensinar-lhe-á que a bênção do Céu não repousará sobre ele, caso se aparte do caminho da retidão; que, embora os homens pareçam prosperar na desobediência, hão de certamente colher o fruto que semearam. CP 450 1 Unicamente os que lêem as Escrituras como a voz de Deus a lhes falar são verdadeiros discípulos. Tremem à Sua voz, pois ela lhes é viva realidade. Abrem o entendimento à divina instrução, e oram por graça a fim de obter preparo para o serviço. Ao ser a tocha celeste posta em suas mãos, o indagador da verdade vê a fraqueza que possuía, a enfermidade, sua completa impotência para promover a própria justiça. Vê que não existe em si coisa alguma que o recomende perante Deus. Ora pelo Espírito Santo, o representante de Cristo, para lhe servir de guia constante para o conduzir a toda a verdade. Repete a promessa: "Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas" (Jo 14:26). Receber Para Dar CP 450 2 O estudo da Bíblia em nossas escolas dará aos alunos vantagens especiais. Os que recebem no coração os santos princípios da verdade, trabalharão com crescente energia. Circunstância alguma poderá alterar sua decisão de atingir a mais elevada norma possível. E o que receberam, transmitirão aos outros. À medida que eles próprios bebem da fonte de água viva, deles fluirão correntes vivas para beneficiar e refrigerar a outros. CP 450 3 O diligente estudante da Bíblia crescerá continuamente em conhecimento e discernimento. Seu intelecto apreenderá elevados assuntos, e apoderar-se-á da verdade das realidades eternas. Justos serão seus motivos de ação. Empregará o talento de sua influência para ajudar outros a compreenderem mais perfeitamente as responsabilidades que lhes são dadas por Deus. Seu coração será perene fonte de alegria ao ver o êxito que lhe assiste aos esforços de comunicar a outros as bênçãos por ele recebidas. CP 451 1 O talento do conhecimento, santificado e posto em uso no serviço do Mestre, jamais será perdido. O abnegado esforço de fazer o bem será coroado de êxito. "Somos cooperadores de Deus" (1Co 3:9). O Senhor cooperará com o obreiro humano. A Ele devem ser tributados a glória e o louvor pelo que formos capazes de realizar. CP 451 2 O Senhor é desonrado pelo desperdício ou pela perversão dos talentos por Ele confiados aos homens. É dever e privilégio do cristão desenvolver seus talentos. Cristo deu a própria vida a fim de comprar para o homem o privilégio de ser cooperador de Deus. Todavia milhares de pessoas que receberam muita luz e muitas oportunidades não se apoderam das bênçãos postas ao seu alcance. CP 451 3 Unicamente a educação que leva ao conhecimento do valor dado por Deus à humanidade é sã e essencial. Deve-se ensinar aos alunos de nossas escolas que eles são de valor aos olhos de Deus, que foram comprados por infinito preço. Deve-se-lhes fazer compreender a importância de empregar devidamente toda faculdade de seu ser. Devem-se revestir de Cristo; então todas as suas energias serão empregadas em perseverante e esforçado labor ao Seu serviço. CP 452 1 Deve-se ensinar aos alunos a ajudarem os que necessitam de animação. Ao buscarem ajudar a outros, crescerão eles próprios "na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2Pe 3:18), e sua eficiência aumentará. "Vós sois lavoura de Deus" (1Co 3:9). Os cristãos só cumprirão o desígnio de Deus a seu respeito, ao crescerem em conhecimento, devolvendo-Lhe em zeloso serviço os dons que receberam. Novo Entretenimento CP 452 2 As verdades da Palavra de Deus não são mero sentimento, mas enunciações do Altíssimo. Aquele que torna essas verdades parte de sua vida, torna-se, em todo sentido, nova criatura. Não lhe são dadas novas faculdades mentais, mas as trevas que, devido à ignorância e ao pecado, obscureceram o entendimento, são removidas. CP 452 3 As palavras: "E vos darei um coração novo" (Ez 36:26), querem dizer: E vos darei um novo entendimento. Esta mudança de coração é sempre seguida de uma clara concepção do dever cristão, do entendimento da verdade. A clareza de nossa visão quanto à verdade será proporcional à compreensão que tivermos da Palavra de Deus. Aquele que dá às Escrituras esmerada atenção estudando-a com oração obterá uma clara compreensão e um perfeito discernimento, como se, volvendo-se para Deus, houvesse atingido um mais elevado grau de inteligência. CP 452 4 Se a mente se aplica à tarefa de estudar a Bíblia, o entendimento se fortalecerá, e as faculdades de raciocínio se desenvolverão. Pelo estudo das Escrituras a mente se dilata, e torna-se mais bem equilibrada do que se ocupando em obter conhecimentos de livros que não têm nenhuma ligação com a Bíblia. ------------------------Capítulo 64 -- A Palavra e as Obras de Deus CP 453 1 Deus convida os professores a contemplarem os céus, e a estudar-Lhe as obras em a natureza. "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes" (Sl 19:1-3). Não nos esforçaremos nós para compreender as maravilhosas obras de Deus? Faríamos bem em ler freqüentemente o Salmo dezenove, a fim de compreendermos como o Senhor liga Sua lei com as obras de Sua criação. CP 453 2 Podemos acaso encontrar para nossas escolas um manual cheio de tão profundas e sérias declarações como a Palavra do Deus vivo? Como, então, se poria esse Livro à margem, substituindo-o pelos escritos de autores ateus? Que livro mais valioso poderia ser posto nas mãos dos estudantes, do que aquele que lhes ensina a maneira de herdar a vida eterna? As lições da história bíblica devem ser conservadas perante a juventude em nossas escolas, para que os que não têm nenhum amor para com Deus nem interesse nas coisas espirituais se interessem nisso, e aprendam a amar a Palavra. CP 453 3 Cristo é o centro de toda verdadeira doutrina. Toda religião genuína se encontra em Sua Palavra e na própria natureza. É nEle que se centralizam nossas esperanças de vida eterna; e o mestre que dEle aprende encontra seguro ancoradouro. CP 453 4 Tudo quanto a mente pode apreender, acha-se aberto perante nós na Bíblia. Esta é nosso alimento espiritual. Cumpre-nos contemplar as maravilhosas obras de Deus, e repetir a nossos filhos as lições aprendidas, a fim de que os levemos a ver a perícia, o poder e a grandeza revelados em Suas obras. CP 454 1 Que Deus é o nosso Deus! Ele governa Seu reino com diligência e cuidado; e construiu um muro - os Dez Mandamentos - em torno de Seus súditos, a fim de os preservar dos resultados da transgressão. Exigindo obediência às leis de Seu reino, Deus dá a Seu povo saúde e felicidade, paz e alegria. Ensina-lhe que a perfeição de caráter por Ele exigida só pode ser alcançada familiarizando-nos com Sua Palavra. CP 454 2 Está escrito nos profetas: "Ó tu, aflita, arrojada com a tormenta e desconsolada! Eis que Eu assentarei as tuas pedras com argamassa colorida e te fundarei sobre safiras. Farei os teus baluartes de rubis, as tuas portas, de carbúnculos e toda a tua muralha, de pedras preciosas. Todos os teus filhos serão ensinados do Senhor; e será grande a paz de teus filhos. Serás estabelecida em justiça, longe da opressão, porque já não temerás, e também do espanto, porque não chegará a ti" (Is 54:11-14). CP 454 3 "Este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a Minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e Eu serei o Seu Deus, e eles serão o Meu povo. E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados" (Jr 31:33, 34). CP 455 1 "E irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os Seus caminhos, e nós andemos pelas Suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a Palavra do Senhor, de Jerusalém" (Mq 4:2). CP 455 2 As Escrituras do Antigo Testamento eram o guia de Israel. ... Há lições práticas na Palavra de Deus, lições que Cristo queria que os professores e os pais apresentassem às crianças na escola e no lar. Essa Palavra ensina princípios vivos, santos, que movem os homens a fazer aos outros aquilo que desejariam que fizessem a eles - princípios que eles devem introduzir na vida diária aqui embaixo, e levar consigo para a escola do alto. Esta é a educação superior. Sabedoria alguma, de origem humana, pode atingir a essas alturas; pois alcançam a eternidade, e são imortalizadas. Bem pouco na verdade conhecemos da grandeza do amor e da compaixão de Deus. CP 455 3 Elevem os estudantes ao máximo suas faculdades mentais, a fim de compreenderem o capítulo 45 de Isaías. Capítulos assim devem ser introduzidos em nossas escolas como valioso estudo. São melhores que romance e fábulas. Por que têm nossas escolas confiado tanto em livros que tão pouco dizem da cidade que pretendemos estar buscando, e cujo artífice e construtor é Deus? Nossos livros de estudo devem conter os mais elevados temas de pensamento. O Céu é nosso lar. É de cima a nossa cidadania, e nossa vida não se deve consagrar a um mundo prestes a ser destruído. ... CP 455 4 Tomai a Bíblia como livro de estudo, e vede se não vos enchei do amor de Deus. Vosso coração talvez esteja deserto, fraco o intelecto; mas se, com oração, estudardes a Palavra de Deus, a luz cintilará em vossa mente. Deus trabalha com todo estudante diligente. Os professores que aprenderem com o grande Mestre, compreenderão o auxílio de Deus, como Daniel e seus companheiros, dos quais declara o relatório: "A esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos" (Dn 1:17). ... CP 456 1 Poder-me-ia referir a capítulo após capítulo das Escrituras do Antigo Testamento os quais contêm grande animação. Essas Escrituras são um tesouro de preciosas pérolas, e todos delas necessitam. Quanto tempo é gasto por seres humanos inteligentes em corridas de cavalo, partidas de críquete e jogos de bola! Mas acaso a satisfação nesses esportes dá aos homens o desejo de conhecer a verdade e a justiça? Mantêm a Deus em seus pensamentos? Levá-los-á a indagar: Como vai com a minha alma? CP 456 2 Todas as energias de Satanás são postas em operação para prender a atenção em frívolas diversões, e está conseguindo seu objetivo. Está interpondo seus artifícios entre Deus e a alma. Ele forjará divertimentos a fim de impedir os homens de pensarem a respeito de Deus. Cheio de esporte e do amor do prazer, o mundo está de contínuo sedento de alguma novidade; quão pouco tempo e pensamento no entanto, se dedicam ao Criador dos céus e da Terra! CP 456 3 Deus convida os homens a vê-Lo nas maravilhas dos céus. "Levantai ao alto os olhos", diz Ele, "e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todas chama pelo seu nome" (Is 40:26). Deus quer que estudemos as obras do infinito, aprendendo, desse estudo, a amá-Lo e reverenciá-Lo e obedecer-Lhe. Os céus e a Terra com seus tesouros devem nos ensinar as lições do amor, do cuidado e poder de Deus. CP 457 1 Deus chama Suas criaturas a volverem a atenção da confusão e perplexidade que as rodeia, e admirar-Lhe a mão-de-obra. Ao estudar Suas obras, anjos celestes se acharão ao nosso lado, para iluminar-nos a mente, e guardá-la dos enganos de Satanás. Ao contemplardes as coisas maravilhosas feitas pela mão de Deus, sinta vosso orgulhoso e estulto coração sua dependência e inferioridade. Quão terrível é não reconhecer a Deus a seu tempo! Quão triste alguém humilhar-se quando já é demasiado tarde! CP 457 2 Declara o salmista: "Quando Tu disseste: Buscai o Meu rosto, o meu coração te disse a Ti: O Teu rosto, Senhor, buscarei" (Sl 27:8). Todo esse Salmo deve encontrar lugar nas lições de leitura e soletração na escola. Os Salmos vinte e oito, vinte e nove e setenta e oito, falam das ricas bênçãos concedidas por Deus a Seu povo, e da má retribuição, da parte deles, por todos os Seus benefícios. O Salmo oitenta e um explica o motivo da dispersão de Israel - eles se esqueceram de Deus, como as igrejas de nossa terra O estão esquecendo atualmente. Considerai também o Salmo oitenta e nove, noventa, noventa e um, noventa e dois e noventa e três. CP 457 3 Estas coisas estão escritas para nossa advertência, para quem já são chegados os fins dos séculos; e não devem elas ser estudadas em nossas escolas? A Palavra de Deus contém lições instrutivas, dadas em reprovação, em advertência, em animação e em ricas promessas. Não devia tal alimento ser para a juventude como sustento a seu tempo? Impressionante Apresentação CP 458 1 Em uma visão da noite, que me foi dada anos atrás, eu me achava em uma reunião em que se discutiam os problemas de nossa escola, e foi feita a pergunta: "Por que não se tem escolhido e compilado matéria apropriada para livros de leitura e outros livros de estudo? Por que não tem a Palavra de Deus sido exaltada acima de toda produção humana? Acaso pensastes que um maior conhecimento do que diz o Senhor exerceria efeito deletério em professores e alunos?" CP 458 2 Houve silêncio na assembléia, e de alunos e mestres se apossou a convicção. Homens que se haviam considerado sábios e fortes, reconheceram-se fracos e faltos nos conhecimentos daquele Livro que trata do destino eterno da alma humana. CP 458 3 Aquele que falava tomou então da mão dos professores os livros que eles tinham feito objeto de estudo, alguns dos quais escritos por autores ateus e que continham sentimentos infiéis também, e os lançou por terra. Pôs-lhes então nas mãos a Bíblia, dizendo: "Conheceis pouco este Livro. Não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus. Quando houverdes levado vossos alunos pelo curso de estudos que seguistes no passado, eles terão de desaprender muito do que aprenderam, o que hão de achar difícil. Idéias objetáveis tomaram raízes em sua mente, como as ervas daninhas em um jardim, e alguns nunca serão capazes de discernir entre o direito e o erro. O bem e o mal se têm misturado em vossa obra. Repetem-se doutrinas que contêm um pouco da verdade, mas com as quais se acham entremeadas opiniões e dizeres e feitos de homens. Jamais os jovens conhecerão o caminho da vida, enquanto dependerem de tal instrução." CP 459 1 Mediante todo professor de nossas escolas, individualmente, deve ser exaltado o único Deus verdadeiro. Eis a oração de Cristo por Seus discípulos: "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer. E agora, glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me deste; eram Teus, e Tu Mos deste, e guardaram a Tua palavra. Agora, já têm conhecido que tudo quanto Me deste provém de Ti, porque lhes dei as palavras que Tu Me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de Ti, e creram que Me enviaste" (Jo 17:4-8). CP 459 2 Quem, entre nossos professores, se acha desperto e, como fiel mordomo da graça de Deus, está dando à trombeta um sonido certo? Quem está anunciando a mensagem do terceiro anjo, chamando o mundo à preparação para o grande dia de Deus? A mensagem que apresentamos tem o selo do Deus vivo. 20 de julho de 1899. ------------------------Capítulo 65 -- Estudar a Bíblia Sozinho CP 460 1 Nada há melhor calculado para dar vigor à mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Nenhum outro livro é tão poderoso para elevar os pensamentos, para dar vigor às faculdades, como as amplas e enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria ser, os homens teriam uma amplidão mental, uma nobreza de caráter, e uma estabilidade de propósitos que raramente se vêem nestes tempos. A busca da verdade recompensará a cada passo aquele que a procura, e cada descoberta abrirá campos mais ricos para a sua pesquisa. CP 460 2 A milhares de homens que ministram nos púlpitos faltam qualidades essenciais de espírito e caráter, porque não se aplicam ao estudo das Escrituras. Contentam-se com um conhecimento superficial das verdades que estão repletas de profunda significação; e preferem continuar perdendo muito de todos os modos, em vez de rebuscarem diligentemente o tesouro escondido. ... CP 460 3 Os homens se transformam de acordo com aquilo que contemplam. Se pensamentos e preocupações vulgares tomam a atenção, o homem será vulgar. Se for negligente demais para obter qualquer coisa senão um conhecimento superficial da verdade, não receberá as ricas bênçãos que Deus teria prazer em lhe conceder. O espírito está sujeito à lei segundo a qual ele se retrai ou se expande, de conformidade com as dimensões das coisas com as quais se familiariza. Certamente as faculdades mentais se contrairão e perderão sua capacidade de apreender o profundo significado da Palavra de Deus, a menos que se empenhem vigorosa e persistentemente na tarefa de buscar a verdade. O espírito se ampliará se aplicar-se a descobrir a relação mútua dos assuntos da Bíblia, comparando escritura com escritura, e as coisas espirituais com coisas espirituais. Os mais ricos tesouros de pensamento estão à disposição do estudante diligente. CP 461 1 O conhecimento de Deus não se adquire sem esforço mental e oração, rogando sabedoria. Muitos estão convictos de que os preciosos tesouros do reino de Deus e de Cristo estão contidos na Palavra. Sabem também que nenhum tesouro terrestre é alcançado sem penoso esforço. Por que deveriam esperar entender o sentido das Escrituras sem diligente estudo? CP 461 2 A Palavra de Deus é luz e verdade - lâmpada para os pés e luz para o caminho. Ela pode guiar em cada passo em direção à cidade de Deus. Por tal razão, Satanás tem feito desesperados esforços para obscurecer a luz, a fim de que os homens não encontrem nem observem o caminho estabelecido para que nele andem os resgatados do Senhor. CP 461 3 Assim como o mineiro cava a fim de procurar o áureo tesouro na terra, com tanto ardor e persistência devemos nós procurar o tesouro da Palavra de Deus. No estudo diário, o método de estudar versículo por versículo é com freqüência de muita utilidade. Tome o estudante um versículo, e concentre seu pensamento em descobrir o pensamento que Deus para ele pôs naquele versículo, e então ocupe-se com esse pensamento até que dele se aproprie. Uma passagem assim estudada até que sua significação se torne clara é de mais valor que o manuseio de muitos capítulos sem qualquer propósito definido em vista e sem uma instrução. A Bíblia é seu Próprio Intérprete CP 462 1 A Bíblia interpreta a si mesma. Um texto deve ser comparado com outro. O estudante deve aprender a encarar a Palavra como um todo, e ver a relação de suas partes. Deve adquirir conhecimento de seu grandioso tema central, ou seja, do propósito original de Deus em relação ao mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a divisar sua operação através dos relatos da história e profecia, até a grande consumação. Deve ver como este conflito entra em todos os aspectos da experiência humana. Como em cada ato da vida ele próprio revela um ou outro dos dois motivos antagônicos; e como, quer ele queira quer não, está agora mesmo a decidir de que lado do conflito se encontrará. CP 462 2 Toda a Bíblia é dada por inspiração de Deus, e é proveitosa. Devemos dar atenção ao Antigo Testamento, não menos que ao Novo. Estudando o Antigo Testamento, encontraremos fontes vivas a borbulhar onde o descuidado leitor apenas divisa um deserto. CP 462 3 O Antigo Testamento derrama luz sobre o Novo, e o Novo sobre o Antigo. Cada qual é uma revelação da glória de Deus, em Cristo. Cristo, conforme foi manifestado aos patriarcas, conforme foi simbolizado no serviço dos sacrifícios, descrito na lei, e revelado pelos profetas, é a riqueza do Antigo Testamento. Cristo em Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição; Cristo, conforme é manifesto pelo Espírito Santo, é o tesouro do Novo. Tanto o Antigo como o Novo Testamento apresentam verdades que revelarão continuamente novas profundezas de sentido ao dedicado pesquisador. CP 463 1 Quando se desperta um verdadeiro amor pela Bíblia, e o estudante começa a compenetrar-se de quão vasto é o campo e quão precioso seu tesouro, desejará lançar mão de toda oportunidade para se familiarizar com a Palavra de Deus. Seu estudo não se limitará a qualquer tempo ou lugar especial. E este contínuo estudo é um dos melhores meios de cultivar amor pelas Escrituras. Conserve o estudante sempre sua Bíblia consigo e, em tendo oportunidade, leia uma passagem e medite nela. Enquanto anda nas ruas, ou espera na estação de estrada de ferro, aguardando um encontro combinado, aproveite a oportunidade para adquirir do tesouro da verdade, algum pensamento precioso. CP 463 2 O estudante da Palavra não deve fazer de suas opiniões um centro em redor do qual deva revolver a verdade. Ele não a deve examinar com o propósito de encontrar textos das Escrituras que possa usar com o fim de provar suas teorias; pois que isto é torcer as Escrituras, para sua própria perdição. O estudante da Bíblia deve esvaziar-se de todo preconceito, depor à porta da pesquisa suas próprias idéias; e com um coração humilde e submisso, com o eu oculto em Cristo, com fervorosa oração, deve buscar sabedoria de Deus. Procure saber a vontade revelada de Deus, porque ela diz respeito ao seu bem-estar presente e eterno. A Palavra de Deus é o guia pelo qual ele deve aprender o caminho para a vida eterna. ------------------------Capítulo 66 -- Chamado Para Missionários Médicos-Evangelistas CP 465 1 Quando Jesus enviou os doze na primeira missão de misericórdia, comissionou-os "a pregar o reino de Deus e a curar os enfermos" (Lc 9:2). "E, indo", disse Ele, "pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai" (Mt 10:7, 8). "E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho e fazendo curas por toda a parte" (Lc 9:6), e as bênçãos do Céu acompanharam seus trabalhos. O cumprimento da comissão do Salvador pelos discípulos tornou sua mensagem o poder de Deus para salvação, e por meio dos esforços deles muitos foram levados ao conhecimento do Messias. CP 465 2 Os setenta enviados pouco depois foram também comissionados a curar os enfermos (Lc 10:9) assim como a anunciar a vinda do prometido Redentor. Em sua obra de ensino e cura, os discípulos seguiram o exemplo do Mestre dos mestres, que atendia tanto à alma como ao corpo. O evangelho que Ele ensinava era uma mensagem de vida espiritual e de restauração física. O libertamento do pecado e a cura das enfermidades achavam-se ligados. CP 466 1 E ao fim de Seu ministério terrestre, quando encarregou os discípulos da solene missão de irem "por todo o mundo", e pregarem "o evangelho a toda criatura" (Mc 16:15), Ele declarou que Seu ministério seria confirmado por meio da restauração dos doentes. "Imporão as mãos sobre os enfermos", disse Ele, "e os curarão" (Mc 16:18). Curando em Seu nome as doenças do corpo, testificariam de Seu poder quanto à cura da alma. CP 466 2 A comissão do Salvador aos discípulos inclui todos os crentes, até ao fim dos tempos. Todos quantos foram alcançados pela celeste inspiração ficam como depositários do evangelho. Todos quantos recebem a vida de Cristo recebem a ordem de trabalhar pela salvação de seus semelhantes. Para essa obra, foi a Igreja estabelecida, e todos os que fazem perante ela os sagrados votos comprometem-se assim a ser coobreiros de Cristo. CP 466 3 "Imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão." Este mundo é um imenso hospital, mas Cristo veio para curar os doentes, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Ele era, em Si mesmo, saúde e força. Comunicava a própria vida ao enfermo, ao aflito e aos possessos de demônios. Sabia que muitos daqueles que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a enfermidade; todavia não Se recusava a curá-los. E quando a virtude de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados das doenças espirituais do mesmo modo que das enfermidades físicas. CP 466 4 A muitos dos sofredores que eram curados, Cristo dizia: "Não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior" (Jo 5:14). Assim ensinou que a doença é o resultado da violação das leis de Deus, tanto as naturais como as espirituais. Não haveria a grande miséria que existe no mundo, caso houvessem os homens, desde o princípio, vivido em harmonia com o plano do Criador. Há condições a serem observadas por todos quantos quiserem conservar a saúde. Todos devem aprender quais são essas condições. Deus não Se agrada com a ignorância quanto a Suas leis, sejam elas naturais, sejam espirituais. Temos de ser coobreiros de Deus para a restauração da saúde física, assim como da espiritual. CP 467 1 E cumpre-nos ensinar os outros a conservar e recuperar a saúde. Devemos empregar para os doentes os remédios providos por Deus através da natureza, encaminhando-os ao mesmo tempo Àquele que, unicamente, pode restaurar. É nossa tarefa apresentar o doente e sofredor a Cristo nos braços de nossa fé. Devemos ensinar-lhes a crer no grande Médico. Lançar mão de Sua promessa, e orar pela manifestação de Seu poder. A própria essência do evangelho é restauração, e o Salvador quer que induzamos o enfermo, o desamparado e o aflito a se apoderarem de Sua força. CP 467 2 Jamais a necessidade do mundo quanto ao ensino e à cura foi maior do que o é em nossos dias. A Terra está cheia de entes humanos que carecem de nosso auxílio - fracos, desamparados, ignorantes e degradados. A contínua transgressão do homem por quase seis mil anos, tem trazido doença, dor e morte como resultado. Há multidões a perecer por falta de conhecimento. CP 467 3 Ao contemplarem os ministros de Deus os horríveis resultados do pecado longamente prosseguido, o seu coração é tocado pela miséria do mundo, e esforçam-se por trabalhar como trabalharam o Obreiro-mestre e Seus discípulos. Ligados ao divino Médico, saem no poder de Sua força, para ensinar e para curar. Compreendem que o evangelho é o único antídoto para o pecado, e que, como testemunhas de Cristo, devem testificar de Seu poder. Ao encaminharem os aflitos ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, Sua graça, transformadora e poder miraculoso estão fazendo muitos aceitarem a mensagem da verdade que lhes é apresentada. Seu poder de curar, aliado à mensagem evangélica, vai produzindo êxito em emergências. O Espírito Santo está operando nos corações, e a salvação de Deus está sendo revelada. CP 468 1 As necessidades do mundo atualmente não podem, no entanto, ser plenamente satisfeitas pelo ministério dos servos de Deus, chamados a pregar o evangelho eterno a toda criatura. Conquanto seja bom, o quanto possível, que os obreiros evangélicos aprendam a ministrar às necessidades físicas bem como às espirituais. Seguindo assim o exemplo de Cristo, não podem, todavia, gastar todo o tempo e força em aliviar os que necessitam de auxílio. O Senhor ordenou que, juntamente com os que pregam a Palavra, cooperem Seus obreiros médico-missionários - médicos cristãos e enfermeiras, que tenham recebido preparo especial quanto a curar as doenças e ganhar as almas. CP 468 2 Os médicos missionários e os obreiros no ministério evangélico devem estar ligados por laços indissolúveis. Sua obra deve ser realizada com vida e poder. Mediante os esforços conjugados de ambas as partes, deve o mundo ser preparado para o segundo advento de Cristo. Por meio de seu unido labor, deve nascer o Sol da Justiça, trazendo salvação debaixo das Suas asas, a fim de iluminar as entenebrecidas regiões da Terra, onde o povo tem há muito vivido em densa escuridão. Muitos dos que ora estão nas sombras do pecado e da morte, ao verem nos fiéis servos de Deus um reflexo da Luz do mundo, hão de compreender que lhes é dada uma esperança de salvação, abrem o coração aos salutares raios, tornando-se por sua vez portadores de luz para outros ainda em trevas. CP 469 1 Tão grandes são as necessidades do mundo, que nem todos quantos são chamados a ser médicos missionários evangelistas se podem permitir gastar anos em preparo antes de efetuar real serviço no campo. Em breve se fecharão para sempre portas hoje abertas ao mensageiro evangélico. Deus chama a muitos que se acham preparados para prestar serviço aceitável a fim de levarem a mensagem agora, sem esperar por preparo posterior; pois enquanto alguns demoram, o inimigo poderá apoderar-se de campos agora abertos. CP 469 2 Fui instruída de que pequenos grupos possuidores de conveniente preparo nos ramos evangélico e médico-missionários deviam ir a realizar a obra designada por Cristo a Seus discípulos. Trabalhem eles como evangelistas, espalhando nossas publicações, falando da verdade aos que encontrarem, orando pelos doentes; e, caso necessário, tratando-os, não com drogas, mas com remédios naturais, compreendendo sempre sua dependência de Deus. Ao unirem-se na obra de ensinar e curar, colherão muitas almas. CP 469 3 E ao passo que Deus está a chamar rapazes e moças possuidores de algum conhecimento prático da arte de tratar os doentes, para trabalharem como médicos missionários evangélicos, em ligação com obreiros evangélicos experientes, chama também muitos recrutas para nossas escolas médico-missionárias a fim de obterem rápido e cabal preparo para o serviço. Alguns não precisam gastar tanto tempo nessas escolas como acontece com outros. Não está em harmonia com o desígnio de Deus que todos planejem passar a mesma extensão de tempo, sejam três, sejam quatro, ou cinco anos, em estudos, antes de empenhar-se em serviço ativo no campo. Alguns, depois de estudarem por algum tempo, podem se desenvolver mais rapidamente trabalhando em ramos práticos em vários lugares, sob a orientação de guias experientes, do que se permanecessem em uma instituição. À medida que progridem em conhecimento e habilidade, alguns desses acharão muito conveniente voltar a alguma das escolas de nossos hospitais a fim de obter mais preparo. Eles se tornarão assim eficientes médicos missionários, habilitados para enfrentar emergências. CP 470 1 Muito se pode aprender por meio de visitas aos hospitais. Nestes, não poucos de nossos consagrados jovens deveriam estar aprendendo a ser bem-sucedidos médicos missionários. A observação e a prática do que se aprendeu, habilitarão nossas jovens a se tornarem enfermeiras eficientes, com habilidade superior, aptas a ocupar a mais elevada posição. Todo médico, toda enfermeira, todo auxiliar que tem que ver com o serviço de Deus, deve almejar a perfeição. Nada menos que isso agradará Àquele que nos chamou para colaboradores Seus. E especialmente devem, os que estão se preparando para servir como médicos missionários Seus, desviar-se resolutamente de toda tentação de se satisfazerem com um conhecimento superficial de sua profissão. Busquem eles antes a perfeição. Muito exigente é a carreira médica, e seu preparo deve ser meticuloso e cabal. CP 471 1 A causa de Deus estaria hoje muito mais avançada, houvéssemos nós, em anos anteriores, sido mais ativos no preparo de enfermeiros que, além de sua aquisição de habilidade acima do comum no cuidado dos doentes, houvessem aprendido também a trabalhar como evangelistas na conquista de almas. CP 471 2 Foi para o preparo de tais obreiros, bem como de médicos, que se estabeleceu a escola de Loma Linda. Nesta escola, devem-se habilitar muitos obreiros como médicos, para trabalhar, não como simples profissionais, mas como evangelistas médico-missionários. Esse preparo deve estar em harmonia com os princípios básicos da verdadeira educação superior. A causa carece de centenas de obreiros que tenham recebido educação prática e completa nos ramos médicos, e que estejam também preparados para trabalhar de casa em casa como professores, obreiros bíblicos e colportores. Tais estudantes devem sair da escola sem ter sacrificado os princípios da reforma de saúde ou seu amor para com Deus e a justiça. CP 471 3 Os que fazem curso avançado em enfermagem, e vão para todas as partes do mundo como evangelistas médico-missionários, não podem esperar receber do mundo a honra e as recompensas que são muitas vezes conferidas aos médicos formados. Todavia, enquanto vão de um lugar para outro em seu trabalho de ensinar e curar, e estreitamente unidos aos servos de Deus que foram chamados ao ministério da Palavra, Suas bênçãos repousarão sobre a obra que fizerem, e operar-se-ão maravilhosas transformações. Em sentido especial, eles Lhe servirão de mão auxiliadora. CP 472 1 Árduos são os deveres do médico. Poucos avaliam a tensão mental e física a que ele é sujeito. Todas as energias e aptidões devem ser postas em ação, com a mais intensa ansiedade, na batalha contra a doença e a morte. Muitas vezes sabe ele que um inábil movimento da mão - por um fio de cabelo que seja - na direção contrária, poderá mandar para a eternidade uma alma não preparada. Quanto necessita o médico fiel da simpatia e das orações do povo de Deus! Seus direitos nesse sentido não são, de forma alguma, inferiores aos do mais consagrado pastor ou obreiro missionário. Privado, como ele é, muitas vezes, de sono e repouso suficientes, necessita de dupla porção de graça, nova provisão cada dia, do contrário perderá sua firmeza em Deus, e estará em risco de imergir mais fundo nas trevas espirituais do que outros profissionais. E todavia ele é com freqüência objeto de imerecidas censuras, deixado só, sujeito às mais cruéis tentações de Satanás, sentindo-se mal compreendido, traído por seus amigos. CP 472 2 Muitos, sabendo quão difíceis são os deveres do médico, e quão poucas ocasiões têm eles de se livrarem dos cuidados, mesmo no sábado, não escolherão essa carreira. Mas o grande inimigo está continuamente buscando destruir a obra das mãos de Deus, e são chamados homens de cultura e inteligência para combater seu cruel poder. Necessitam-se de mais homens da verdadeira espécie para devotar-se a essa profissão. Devem-se fazer diligentes esforços para induzir homens capazes a se habilitarem para essa obra. Devem ser homens cujo caráter esteja firmado nos vastos princípios da Palavra de Deus - homens dotados de natural energia, força e perseverança, que os habilitem a alcançar elevada norma de aptidão. CP 473 1 Não é qualquer um que se pode tornar médico de êxito. Muitos assumiram os deveres dessa profissão, em todos os aspectos, mal preparados. Não possuem os conhecimentos exigidos; tampouco são dotados da habilidade e do tato, do cuidado e da inteligência necessários para garantir o êxito. O médico pode trabalhar muito melhor, se possui resistência física. Se é fraco, não pode resistir ao fatigante esforço peculiar à sua profissão. O homem de débil constituição, dispéptico, ou falto do domínio de si mesmo, não se pode habilitar a lidar com toda sorte de doenças. Deve-se tomar muito cuidado em não animar pessoas que poderiam ser de utilidade em alguma posição de menos responsabilidade a estudar medicina, com grande dispêndio de tempo e recursos, quando não há fundamento para esperar-se que venham a ter êxito. CP 473 2 Fui instruída de que, em vista da difícil natureza da obra médico-missionária, os que desejam seguir esse ramo devem ser antes bem examinados por médicos competentes, a fim de verificar se possuem ou não a necessária robustez para resistir ao curso de estudos que devem fazer. CP 473 3 Temos uma tarefa a executar para conseguir os melhores talentos, e colocá-los em posição em que eduquem outros obreiros. Então, quando nossas casas de saúde e campos missionários pedirem médicos, teremos jovens que, mediante a experiência adquirida em trabalho prático, se habilitaram para assumir as responsabilidades. ------------------------Capítulo 67 -- O Estudante de Medicina CP 474 1 Enquanto se prepara para sua profissão, o estudante de medicina deve ser animado a atingir o máximo desenvolvimento possível de todas as suas faculdades. Os estudos, embora puxados, não precisam, necessariamente, prejudicar-lhe a saúde física, ou diminuir-lhe a alegria das coisas espirituais. Através do curso de estudos, pode crescer continuamente na graça e no conhecimento da verdade, ao passo que, ao mesmo tempo, pode desenvolver constantemente o grau de conhecimentos que o habilitará a ser eficiente profissional. CP 474 2 Aos estudantes de medicina, desejaria dizer: Entrai em vosso curso com a determinação de fazer o que é direito e manter os princípios cristãos. Fugi da tentação, e evitai toda influência para o mal. Preservai a integridade moral. Mantende conscienciosa consideração para com a verdade e a justiça. Sede fiéis nas menores responsabilidades, e mostrai-vos meticulosos e exatos pensadores, possuindo sanidade de coração e retidão, sendo leais a Deus e fiéis à humanidade. CP 474 3 Acham-se diante de vós as oportunidades; sendo estudiosos e retos, podeis obter educação do mais alto valor. Aproveitai ao máximo os vossos privilégios. Não fiqueis satisfeitos com as realizações comuns; buscai habilitar-vos para preencher posições de confiança em ligação com a obra do Senhor na Terra. Unidos ao Deus de sabedoria, e poder, podeis tornar-vos intelectualmente fortes, e progressivamente capazes como ganhadores de almas. Podeis tornar-vos homens e mulheres de responsabilidade e influência se, por vossa força de vontade, aliada ao poder divino, vos empenhardes na obra de adquirir o devido preparo. CP 475 1 Exercitai as faculdades mentais, não negligenciando de maneira alguma o físico. Não permitais que a indolência intelectual vos obstrua o caminho para maiores conhecimentos. Aprendei a refletir da mesma maneira que a estudar, a fim de que vossa mente possa se ampliar, fortalecer e desenvolver. Jamais penseis que já aprendestes suficientemente, e que podeis abandonar os estudos. O espírito culto é a medida do homem. Vossa educação se prolongará por toda a vida; deveis aprender todos os dias, pondo em prática o conhecimento adquirido. CP 475 2 Para que vos torneis homens e mulheres dignos de confiança quanto ao trabalho, deve haver um aumento de capacidade, o exercício de cada faculdade, mesmo nas coisas pequenas; então se obtém maior capacidade para assumir responsabilidades maiores. O senso da responsabilidade individual é imprescindível. Pondo em prática o que aprendeis nos dias escolares, não recueis de assumir a parte de encargo que vos cabe por haver riscos, porquanto alguma coisa se deve arriscar. Não deixeis que outros vos sirvam de cérebro. Precisais exercitar as faculdades para fortalecê-las; assim aumentarão os talentos que vos foram confiados, à medida que firme, sistemática, infatigável energia for exercida no desempenho das responsabilidades individuais. Deus quer que acrescenteis, dia a dia, pouco a pouco, vosso pecúlio de idéias, procedendo como se os momentos fossem jóias a serem cuidadosamente colhidas e discretamente prezadas. Assim haveis de adquirir amplitude de ideais e vigor intelectual. CP 475 3 Deus não exigirá do homem contas mais estritas de qualquer coisa, do que da maneira em que ocupou o tempo. Tendes acaso malbaratado as horas, empregando-as mal? Concedeu-nos Deus a preciosa graça da vida, não para ser empregada em satisfação egoísta. Nossa obra é demasiado solene, demasiado curto o tempo de servir a Deus e a nossos semelhantes, para ser gasto em busca de fama. Oh! se os homens se detivessem, em suas aspirações, justamente onde Deus estabeleceu os limites, quão diverso seria o serviço prestado ao Senhor! CP 476 1 Muitos há tão apressados em galgar às distinções que saltam alguns degraus da escada e, assim fazendo, perdem a experiência que precisam ter a fim de tornarem-se obreiros inteligentes. Em seu zelo, parece-se-lhes sem importância o conhecimento de muitas coisas. Deslizam pela superfície, não se aprofundando na mina da verdade, adquirindo assim, mediante lento e penoso processo, a experiência que os habilite a ser de especial auxílio aos outros. Queremos que nossos estudantes do ramo médico sejam homens e mulheres íntegros, e que sintam ser seu dever melhorar todo talento a eles emprestado, de modo a duplicarem por fim o capital que lhes foi confiado. CP 476 2 A luz dada por Deus no sentido médico-missionário, não fará que Seu povo seja considerado inferior em conhecimento da ciência médica, antes os habilitará a colocar-se na maior eminência. Deus quer que eles ocupem a posição de povo sábio e entendido em virtude de Sua presença no meio deles. Na força dAquele que é a fonte de toda sabedoria, toda graça, podem-se vencer defeitos e ignorância. CP 476 3 Que todo estudante do ramo médico busque atingir elevada norma. Sob a disciplina do maior de todos os mestres, nossa direção deve tender sempre para o alto, à perfeição. Todos quantos se acham ligados com a obra médico-missionária devem ser discípulos. Nenhum se detenha, dizendo: "Não posso fazer isso." Diga antes: "Deus exige que eu seja perfeito. Ele espera que eu trabalhe acima de tudo quanto é comum e vulgar, esforçando-me por alcançar o que é de ordem superior." CP 477 1 Não há senão um poder capaz de tornar os estudantes da obra médica aquilo que devem ser, conservando-os firmes - a graça de Deus e o poder da verdade, exercendo salvadora influência na vida e no caráter. Esses alunos, que pretendem servir à humanidade sofredora, não encontrarão, para cá do Céu, um ponto em que cheguem à formatura. Esse conhecimento que se chama ciência deve ser adquirido, enquanto o que o busca reconhece diariamente que o temor de Deus é o princípio da sabedoria. Tudo quanto fortaleça a mente deve ser cultivado ao máximo da capacidade, ao passo que, ao mesmo tempo, as pessoas devem buscar em Deus sabedoria; pois a menos que sejam guiadas pela sabedoria do alto, tornar-se-ão fácil presa do poder enganador de Satanás. Tornar-se-ão importantes aos próprios olhos, arrogantes e presunçosas. CP 477 2 Os médicos tementes a Deus falam modestamente de sua obra; mas os principiantes, de pouca experiência em lidar com a parte física e a espiritual dos homens, falarão muitas vezes arrogantemente de seus conhecimentos e realizações. Essas pessoas necessitam conhecer-se melhor a si mesmas; tornar-se-ão assim mais inteligentes quanto aos próprios deveres, compreendendo que, em qualquer ramo em que tenham de trabalhar, precisam possuir mente voluntária, espírito diligente, e sincero e abnegado zelo em fazer bem a outros. Não atentarão para o melhor modo de preservar a própria dignidade, mas, mediante atenção e cuidado, vêm a alcançar reputação pela integridade e a exatidão, conquistando ao mesmo tempo, pelo serviço cheio de compassivo interesse, o coração daqueles a quem servem. CP 478 1 Existem, na profissão médica, muitos céticos e ateus que exaltam as obras de Deus acima do Deus da ciência. Relativamente poucos dos que entram nas escolas médicas do mundo saem dali puros e incontaminados. Deixam de tornar-se elevados, nobres, santificados. As coisas materiais eclipsam as celestiais e eternas. Por parte de muitos, misturam-se a fé e os princípios religiosos com os costumes do mundo e suas práticas, e rara é a religião pura e incontaminada. É, porém, o privilégio de todo estudante entrar na escola superior com o mesmo princípio firme, determinado, que tinha Daniel quando entrou na corte de Babilônia, e guardar impoluta a sua integridade, através de seu curso de estudos. A força e graça de Deus foram providas com imenso sacrifício, para que os homens fossem vitoriosos das sugestões de Satanás, de suas tentações, delas saindo incontaminados. A vida, as palavras e o comportamento são os mais poderosos argumentos, o mais solene apelo aos descuidosos, irreverentes e céticos. Sejam a vida e o caráter o forte argumento em favor do Cristianismo; então os homens, vendo-vos, serão forçados a reconhecer que estivestes com Jesus, e dEle aprendestes. CP 478 2 Não se iludam os estudantes da ciência médica com as artimanhas do diabo, ou com quaisquer, de seus astutos pretextos, adotados por tantos para enganar e enredar. Mantende-vos firmes aos princípios. Indagai a cada passo: "Que diz o Senhor?" Dizei firmemente: "Seguirei a luz. Respeitarei e honrarei a Majestade da verdade." CP 479 1 Especialmente os que estão estudando medicina em escolas do mundo se devem guardar contra a contaminação das más influências de que estão continuamente rodeados. Quando seus instrutores são homens sábios segundo o mundo, e os colegas, incrédulos que não têm pensamentos sérios a respeito de Deus, mesmo os cristãos de experiência se acham em risco de ser influenciados por esse convívio irreligioso. Não obstante, alguns têm passado pelo curso médico e permanecido fiéis aos princípios. Não tomaram parte nos estudos aos sábados; e demonstraram que os homens podem habilitar-se para os deveres de um médico, sem contudo decepcionar a expectativa dos que os animaram a educar-se. CP 479 2 É devido a essas tentações particulares que nossos jovens têm de enfrentar, nas escolas médicas do mundo, que se devem tomar providências para que o curso preparatório e médico seja feito em escolas nossas, sob a liderança de professores cristãos. Nossas escolas missionárias das maiores Uniões, em várias partes do campo, devem ser aparelhadas de maneira a habilitar nossos jovens a satisfazer as exigências de admissão especificadas pelo Estado quanto aos estudantes de medicina. Devem-se conseguir os melhores talentos, de modo que nossas escolas atinjam a devida norma. Os jovens, e os de mais idade, que julgam seu dever habilitar-se para trabalho que exija passar por certas provas legais, devem poder alcançar, em nossas escolas missionárias das Uniões, tudo quanto é necessário a fim de entrar em uma escola de medicina. CP 479 3 A oração operará maravilhas pelos que a ela se entregam, vigiando. Deus deseja que todos nos achemos em posição de esperançosa expectativa. Aquilo que Ele prometeu, isso fará; e conquanto haja exigências legais que tornem necessário que os alunos de medicina façam determinado curso preparatório, nossas escolas superiores devem tomar providências para levar os alunos a alcançarem preparo literário e científico necessário. CP 480 1 E não somente devem nossas maiores escolas missionárias proporcionar essa instrução preparatória aos que pensam em tomar o curso médico, mas também nos cumpre fazer tudo quanto seja essencial para o aperfeiçoamento dos cursos de estudo oferecidos por nossa Escola Médico-evangelista de Loma Linda. Como foi indicado ao tempo da fundação dessa escola, devemos proporcionar o que for essencial para habilitar nossos jovens que desejem ser médicos, de maneira que se preparem inteligentemente para enfrentar os exames exigidos para demonstrar sua eficiência como médicos. Deve ser-lhes ensinado a tratar com entendimento o caso dos doentes, de modo a impedir-se que qualquer médico sensato imagine que não estamos ministrando em nossas escolas a necessária instrução, própria a habilitar homens e mulheres para o exercício da medicina. Os alunos que se formam precisam progredir continuamente em conhecimento, pois a prática traz a perfeição. CP 480 2 A escola médica de Loma Linda deve ser da mais elevada categoria, porquanto os que ali estão têm o privilégio de manter viva ligação com o mais sábio de todos os médicos, por quem é transmitido conhecimento de ordem superior. E para o preparo especial dos que, dentre nossos jovens, possuem claras percepções do dever de adquirir educação médica que os habilite a passar nos exames exigidos pela lei, de todos quantos atuam como médicos regulares, temos de prover tudo que seja exigido, de maneira que esses jovens não sejam compelidos a ir para escolas de medicina dirigidas por homens que não são de nossa fé. Fecharemos, assim, uma porta que o inimigo se deleitaria ficasse aberta; e nossos rapazes e moças, cujos interesses espirituais o Senhor deseja que salvaguardemos, não se verão forçados a unir-se aos incrédulos a fim de obterem um completo preparo no ramo médico. CP 481 1 Os professores de nossa escola de medicina deviam animar os alunos a adquirir todo conhecimento que lhes seja possível, em todos os departamentos. Caso vejam que um aluno é deficiente no cuidado, na compreensão de suas responsabilidades, devem expor francamente a questão a ele, dando-lhe oportunidade de corrigir-se de tais hábitos e alcançar elevada norma. CP 481 2 Os mestres não se deviam desanimar por alguns serem vagarosos no aprender. Tampouco devem desanimar os alunos quando cometem erros. Ao serem estes, bem como os defeitos, bondosamente indicados, o aluno, por sua vez, deve sentir-se grato pela instrução que lhe é dada. O espírito altivo, por parte dos alunos, não deve ser animado. Todos devem ser voluntários para aprender, bem como os professores para ensinar, exercitando os alunos na segurança de si mesmos, para serem competentes, cuidadosos, diligentes. Estudando sob a orientação de sábios instrutores, unindo-se com eles na participação das responsabilidades, poderão os alunos, com o auxílio dos mestres, galgar o mais elevado lance da escada. CP 481 3 Os alunos devem estar dispostos a trabalhar sob a orientação dos de experiência, a ouvir-lhes as sugestões, seguir-lhes os conselhos, avançando o mais possível no pensar, no preparo, no inteligente empreendimento. Jamais, porém, infrinjam eles um regulamento, nem desrespeitem um princípio ligado ao fundamento da instituição. Muito fácil é decair; a desconsideração pelos regulamentos é natural ao coração inclinado ao egoísmo e satisfação própria. Muito mais fácil é destruir do que construir. Um aluno descuidoso em suas idéias pode fazer mais para baixar a norma, do que podem fazer para contrabalançar-lhe a desmoralizadora influência dez homens com todos os seus esforços. CP 482 1 Na conduta seguida pelos alunos, já se poderá ler o fracasso ou o êxito. Se se mostram dispostos a discutir as regras e regulamentos e a ordem, se são condescendentes com o próprio eu, estimulando, por seu exemplo, o espírito de rebelião, não lhes deis lugar. Melhor seria que a instituição fechasse as portas do que suportar que esse espírito levedasse os auxiliares e derrubasse as barreiras cujo estabelecimento custou reflexão, esforço e orações. CP 482 2 Ao prepararem-se obreiros para cuidar de doentes, seja o estudante impressionado com a idéia de que seu mais elevado objetivo deve ser olhar o bem-estar espiritual dos pacientes. Deve aprender a repetir as promessas da Palavra de Deus, e orar fervorosamente cada dia, enquanto se prepara para o serviço. Ajudai-o a manter sempre perante seus pacientes, a suavizante, santificadora influência do grande Médico-Missionário. Caso os sofredores recebam a impressão de que Cristo é um Salvador cheio de simpatia e compaixão, terão serenidade de espírito, elemento essencial à restauração da saúde. A Importância do Estudo da Bíblia CP 483 1 Se os estudantes do ramo médico estudarem diligentemente a Palavra de Deus, achar-se-ão muito mais bem preparados para compreender outros assuntos; pois sobrevém sempre iluminação mediante o diligente estudo da Palavra de Deus. Coisa alguma lhes será tão proveitosa para comunicar à memória capacidade de retenção como o estudo das Escrituras. Compreendam nossos obreiros médico-missionários que, quanto mais relacionados com Deus e com Cristo eles ficarem, e com a história bíblica, tanto mais bem preparados estarão para efetuar sua obra. CP 483 2 Devem-se pôr nas classes de Bíblia fiéis professores, que se esforcem por fazer os alunos compreenderem as lições, não explicando tudo, mas exigindo que os próprios alunos expliquem claramente toda passagem que lêem. Lembrem-se esses professores que pouco benefício se tira com o deslizar pela superfície da Palavra. Ponderada e diligente busca, esforçado estudo são necessários para compreensão dessa Palavra. CP 483 3 Cristo, o grande Médico-Missionário, veio a este mundo com imenso sacrifício a fim de ensinar a homens e mulheres as lições que os habilitaram a conhecer devidamente a Deus. Viveu vida perfeita, estabelecendo um exemplo que todos podem com segurança seguir. Estudem nossos alunos de medicina as lições dadas por Cristo. É essencial que tenham clara compreensão dessas lições. Terrível erro seria da parte deles negligenciar o estudo da Palavra de Deus por um estudo de teorias que orientam erroneamente, que desviam a mente das palavras de Cristo para as falácias das produções humanas. Deus quer que todos quantos se professam missionários médico-evangelistas aprendam diligentemente as lições do grande Médico. Assim precisam fazer, caso queiram encontrar descanso e paz. Aprendendo de Cristo, o seu coração se encherá da paz que Ele unicamente pode dar. CP 484 1 Tornai a Bíblia vosso conselheiro. Vossas relações com ela se estreitarão rapidamente, se mantiverdes a mente livre das escórias do mundo. Quanto mais a Bíblia for estudada, tanto mais profundo será vosso conhecimento de Deus. As verdades de Sua Palavra vos serão escritas na alma, aí deixando indelével impressão. CP 484 2 Estas coisas tem Deus desdobrado perante mim durante anos. Em nossas escolas médico-missionárias precisamos de homens possuidores de profundo conhecimento das Escrituras, homens que possam ensinar a outros, clara e simplesmente, essas lições, da mesma maneira que Cristo ensinava a Seus discípulos aquilo que via ser mais essencial. CP 484 3 E o necessário conhecimento será facultado a todos que se achegam a Cristo, recebendo e praticando-Lhe os ensinos, tornando Sua Palavra parte da própria vida. O Espírito Santo ensina ao estudante das Escrituras a julgar todas as coisas pela norma da retidão, da verdade e da justiça. A divina revelação supre-o do conhecimento de que ele necessita. Os que se colocam sob as instruções do grande Missionário Médico, para serem coobreiros Seus, possuirão um conhecimento que o mundo, com todo o seu tradicional saber, não pode proporcionar. ------------------------Capítulo 68 -- Crescimento Espiritual CP 485 1 A todo estudante em busca de preparo médico, desejaria dizer: Olhai para além do presente. Desviai-vos das coisas transitórias desta vida, dos empreendimentos egoístas e da satisfação do próprio eu. Para que fim vos procurais educar? Não é para aliviar os sofrimentos da humanidade? À medida que a mente se dilata pelo verdadeiro conhecimento, o coração se aquece pelo senso da bondade, compaixão e amor de Deus. A alma enche-se de fervoroso anseio de dizer aos outros como eles podem cooperar com o grande Obreiro-Mestre. Muito fazeis em vosso próprio benefício, ao comunicar o conhecimento que recebeis. Assim adquirireis mais conhecimento para comunicar, e aumentará vossa aptidão de trabalhar para Deus. CP 485 2 Haverá quem vos sugira que, a fim de ser bem-sucedido em vossa profissão, deveis ser político; precisais, por vezes, de vos desviar da estrita retidão. Estas tentações encontram fácil acolhimento no coração do homem; digo, porém, o que sei. Não vos deixeis enganar ou iludir. Não acaricieis o próprio eu. Não abrais uma porta pela qual o inimigo entre e tome posse do coração. Há perigo no primeiro, e no mais leve desvio da estrita retidão. Sede leais a vós mesmos. Preservai, no temor de Deus, a dignidade que Ele vos deu. Há grande necessidade de que todo obreiro médico se apodere do braço do Infinito Poder, a ele se conservando apegado. CP 485 3 O princípio da política é daqueles que levarão, com certeza, a dificuldades. Aquele que considera o favor dos homens mais desejável que o de Deus, cairá na tentação de sacrificar o princípio pelo ganho e consideração do mundo. Assim se sacrifica de contínuo a fidelidade a Deus. A verdade, a verdade de Deus, deve ser nutrida na alma e mantida na força do Céu, do contrário o poder de Satanás vo-la arrebatará. Não abrigueis nunca o pensamento de que um médico sincero, verdadeiro, não possa ser bem-sucedido. Tal sentimento desonra ao Deus de verdade e justiça. Ele pode ter êxito; pois tem de seu lado a Deus e o Céu. Que todo suborno para dissimular seja inflexivelmente repelido. Mantende a integridade no poder da graça de Cristo, e Ele cumprirá para convosco Sua palavra. CP 486 1 O estudante de medicina, embora jovem, tem acesso ao Deus de Daniel. Mediante a graça e o poder divinos, poderá tornar-se tão eficiente em sua carreira, como Daniel em sua elevada posição. É um erro, porém, fazer do preparo científico a coisa de suprema importância, negligenciando princípios religiosos que se acham mesmo na base de uma obra bem-sucedida. São louvados como hábeis profissionais muitos homens que desdenham a idéia de precisarem descansar em Cristo quanto à sabedoria para sua obra. Fossem, porém, esses homens que confiam no próprio conhecimento científico, iluminados pela luz celeste, a quanto maior excelência não atingiriam! Quanto mais vigorosas seriam suas faculdades, com quanto maior confiança poderiam empreender os casos difíceis! O homem que se acha intimamente ligado com o grande Médico, tem à sua disposição os recursos do Céu e da Terra, e pode trabalhar com uma sabedoria e infalível precisão que aos ímpios não é dado possuir. CP 487 1 Como Enoque, o médico deve ser um homem que ande com Deus. Isso lhe será uma salvaguarda contra todos os sentimentos enganosos e nocivos que a tantos tornam infiéis e céticos. Praticada na vida e servindo de constante guia no que respeita aos interesses dos outros, a verdade de Deus erguerá em torno da alma os baluartes dos princípios celestes. Deus não deixa passar desapercebidas nossas lutas para manter a verdade. Quando colocamos toda palavra que procede da boca de Deus acima dos métodos do mundo, acima de todas as afirmações de errantes e falíveis homens, seremos guiados a todo bom e santo caminho. CP 487 2 Em sua aceitação da verdade pelos votos batismais, o médico cristão comprometeu-se a representar a Cristo, o Médico-Chefe. Se, porém, ele não tem estrito cuidado de si mesmo, se permite que sejam destruídas as barreiras contra o pecado, Satanás o vencerá com capciosas tentações. Em seu caráter haverá mancha que, por sua má influência, moldará outros espíritos. A paralisia moral do pecado, não somente destruirá aquele que se desvia dos estritos princípios, mas terá a força de reproduzir em outros o mesmo mal. CP 487 3 Não é seguro ser cristãos ocasionais. Cumpre-nos ser semelhantes a Cristo em nossas ações a todo tempo. Então, pela graça, estamos seguros para o tempo e a eternidade. O conhecimento experimental do poder da graça recebida em tempos de prova é de mais valor do que o ouro e a prata. Ele confirma a fé do que confia e crê. A certeza de que Jesus lhe é um auxílio bem presente comunica-lhe uma ousadia que o habilita a pegar a Deus em Sua Palavra, nEle confiando com inabalável fé sob as mais difíceis circunstâncias. CP 488 1 Nossa única segurança contra o cair no pecado é manter-nos constantemente sob a modeladora influência do Espírito Santo, empenhando-nos, ao mesmo tempo, ativamente, na causa da verdade e da justiça, cumprindo todo dever dado por Deus, mas não tomando nenhuma responsabilidade que Deus não nos pôs sobre os ombros. Os médicos e estudantes deste ramo, precisam conservar-se firmes sob a bandeira da terceira mensagem angélica, combatendo o bom combate da fé com perseverança e êxito. Não se devem apoiar na própria sabedoria, mas na que vem de Deus, revestindo-se da armadura celeste, do equipamento da Palavra de Deus, não esquecendo nunca possuírem um Guia que nunca foi nem jamais será vencido pelo mal. CP 488 2 A todo estudante de medicina que deseje ser uma honra para a causa de Deus durante as cenas finais da história terrestre, eu desejo dizer: Olhai a Cristo, o Enviado de Deus, o qual, neste mundo e na natureza humana, viveu vida pura, nobre e perfeita, estabelecendo um exemplo que todos podem com segurança imitar. O Senhor está a estender a mão a fim de salvar. Respondei ao Seu convite: "Que se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo" (Is 27:5). ... Com quanta ansiedade não tomará o Salvador a trêmula mão na Sua, segurando-a, cálida e firmemente, até que os pés sejam colocados em terreno vantajoso! ... CP 488 3 Confiai nAquele que compreende a vossa fraqueza. Mantende-vos bem achegados a Cristo; pois o inimigo está pronto a levar cativo todo aquele que negligenciar a vigilância. ... CP 488 4 São os jovens que o Senhor chama para Lhe servirem de mão ajudadora. Samuel era uma simples criança quando o Senhor o empregou para realizar uma obra boa, excelente. ... CP 489 1 Acumulai em vosso espírito a luz da Palavra de Deus. Lembrai-vos de que, dia a dia, estais edificando caráter para o tempo e a eternidade. O ensino bíblico quanto à formação do caráter é muito explícito: "E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus" (Cl 3:17). Ponde-vos sob Sua direção, e então pedi-Lhe o poder protetor. Ele deu a vida por vós. Não O entristeçais. Cuidai de tudo que disserdes e fizerdes. Cristo quer que sejais perante outros jovens representantes Seus, Seus delegados evangelistas, médico-missionários. CP 489 2 Lembrai-vos de que, em vossa vida, a religião não é meramente uma influência entre outras; deve ser uma influência que domine todas as demais. Sede estritamente temperantes. Resisti a toda tentação. Não façais nenhuma concessão ao traiçoeiro inimigo. Não deis ouvidos às sugestões que ele põe na boca de homens e mulheres. Tendes uma vitória a ganhar. Tendes uma nobreza de caráter a obter. ... CP 489 3 Jesus vos ama. ... Seu grande coração de ternura infinita anela por vós. ... Podeis colocar-vos na posição em que vos considereis a vós mesmos, não um fracasso, mas um vencedor, na enobrecedora influência do Espírito de Deus, e por meio dela. Apoderai-vos da mão de Cristo e não a solteis. CP 489 4 Podeis ser uma grande bênção aos outros, se vos consagrardes incondicionalmente ao serviço do Senhor. Ser-vos-á dado poder do alto se vos colocardes ao lado do Senhor. Podereis, por Cristo, escapar da corrupção que há no mundo pela concupiscência, sendo um nobre exemplo do que Ele pode fazer por aqueles que com Ele cooperam. ... CP 490 1 O desígnio de Deus a nosso respeito, é que sempre avancemos para o alto. Mesmo nos menores deveres da vida comum, cumpre-nos crescer continuamente na graça, sendo providos de elevados e santos motivos, poderosos em virtude de provirem dAquele que deu a vida para nos proporcionar o incentivo de ser inteiramente bem-sucedidos em formar o caráter cristão. ... Deveis ser fortes na força de Deus, fundados na esperança do evangelho. ... CP 490 2 Erguei-vos na dignidade que vos é dada por Deus, vivendo a verdade em sua pureza. Cristo está pronto a vos perdoar, a tirar-vos os pecados e tornar-vos livres. Ele está pronto a purificar vosso coração, e dar-vos a santificação de Seu Espírito. Ao vos entregardes ao Seu serviço, Ele estará à vossa mão direita para vos ajudar. Dia a dia sereis fortalecidos e enobrecidos. Volvendo-vos ao Salvador em busca de auxílio, sereis vencedores, sim, mais que vencedores das tentações que vos assaltarem. Tornar-vos-eis mais e mais semelhantes a Cristo. Os anjos do Céu se regozijarão ao ver-vos ao lado do Senhor, em justiça e verdadeira santidade. ... CP 490 3 Tornai-vos tudo quanto o Senhor deseja que sejais - um missionário médico-evangelista. Não deveis ser apenas um médico de crescente habilidade, mas um dos missionários designados pelo Senhor, dando ao Seu serviço o primeiro lugar em todo o vosso trabalho. Não permitais que coisa alguma perturbe a vossa paz. Dai as melhores e mais santas afeições do coração Àquele que deu a própria vida a fim de vos ser possível estar entre a família dos remidos nas cortes celestiais. A luta pela coroa da vida não vos fará descontentes ou menos úteis. O grande Mestre vos deseja reconhecer como Sua mão ajudadora. Pede vossa cooperação. Não Lhe consagrareis agora tudo quanto possuís e sois? Não dedicareis vossos talentos a Seu serviço? CP 491 1 Esta vida é vosso tempo de semeadura. Não vos entregareis a Deus a fim de que a sementeira seja daquelas que produzam, não joio, mas uma colheita de trigo? Deus operará convosco; aumentará vossa utilidade. Ele vos tem confiado talentos que, em Sua força, podereis empregar para produzir preciosa ceifa. CP 491 2 Aos que, com firme perseverança, se esforçam no sentido de revelar os atributos de Cristo, anjos são comissionados a ampliar a visão de Seu caráter e obra, de Seu poder, graça e amor. Assim se tornam participantes de Sua natureza, crescendo dia a dia até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo. A santificação do Espírito manifesta-se no pensamento, na palavra e na ação. Seu ministério é vida e salvação a todos com quem se associam. Acerca desses, declara-se: "Estais perfeitos nEle" (Cl 2:10). CP 491 3 O exemplo do médico, não menos que seu ensino, deve ser uma força positiva para o lado do direito. A causa da reforma exige homens e mulheres cuja maneira de viver seja uma ilustração do domínio de si mesmos. É nossa observância dos princípios que recomendamos, que lhes dá peso. O mundo necessita de uma demonstração prática do que a graça de Deus pode fazer em restaurar aos homens sua perdida realeza, dando-lhes o governo de si mesmos. Não há nada de que o mundo tanto precise como do conhecimento do poder salvador do evangelho revelado em vidas semelhantes à de Cristo. A Ciência do Bom Viver, p. 132, 133. ------------------------Capítulo 69 -- A Educação Como Preparo Para o Serviço CP 493 1 O verdadeiro objetivo da educação é habilitar homens e mulheres para o serviço, mediante o desenvolver e pôr em ativo exercício todas as suas faculdades. O trabalho em nossos colégios e escolas missionárias se devia fortificar de ano para ano; pois neles deve nossa juventude ser preparada a fim de sair para o serviço do Senhor como eficientes obreiros. O Senhor convida os jovens a entrarem em nossas escolas, habilitando-se rapidamente para o serviço ativo. O tempo é breve. Necessitam-se por toda parte obreiros para Cristo. Insistentes persuasões devem ser apresentadas aos que deviam estar agora empenhados em diligente esforço em favor do Mestre. CP 493 2 Nossas escolas foram estabelecidas pelo Senhor; e caso sejam dirigidas em harmonia com Seus desígnios, os jovens a ela enviados preparar-se-ão prontamente para empenhar-se nos vários ramos da obra missionária. Alguns se habilitarão a ir para o campo como enfermeiros missionários, outros como colportores, outros como evangelistas, e outros ainda como pastores. Uns deverão preparar-se para tomar conta de escolas de igreja, onde as crianças aprenderão os primeiros princípios da educação. Essa é uma obra muito importante, exigindo grande habilidade e cuidadoso estudo. CP 494 1 Satanás está buscando desviar homens e mulheres dos retos princípios. Inimigo de todo bem, ele deseja ver as criaturas humanas educadas de maneira que exerçam influência do lado do erro, em lugar de empregar os talentos de que são dotados para benefício dos semelhantes. E multidões que professam pertencer à verdadeira igreja de Deus estão sendo levadas por seus enganos. Estão sendo levadas a desviarem-se de seu concerto com o Rei dos Céus. CP 494 2 Os sinais indicativos da proximidade da vinda de Cristo estão rapidamente se cumprindo. O Senhor chama nossos jovens a trabalharem como colportores e evangelistas, a fazerem trabalho de casa em casa em lugares em que a verdade ainda não foi proclamada. Ele fala aos nossos jovens, dizendo: "Não sois de vós mesmos... porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus" (1Co 6:19, 20). Os que saem a trabalhar sob a guia do Mestre serão admiravelmente abençoados. CP 494 3 O Senhor chama voluntários que tomem firme posição ao Seu lado, comprometendo-se a ligar-se a Jesus de Nazaré no realizar a obra que precisa ser efetuada agora, mesmo agora. Os talentos do povo de Deus devem ser empregados na proclamação da última mensagem de misericórdia ao mundo. O Senhor pede aos que se acham ligados a nossas escolas, clínicas e casas editoras que ensinem os jovens a fazer obra evangelística. Nosso tempo e dinheiro não devem ser usados por tal modo no estabelecimento de hospitais, indústrias de alimentos, mercearias e restaurantes, que outros ramos da obra sejam negligenciados. Rapazes e moças que se devem ocupar no ministério, na obra bíblica e na colportagem, não devem ser ligados a empregos mecânicos. CP 495 1 É para fortalecer os jovens contra as tentações do inimigo, que estabelecemos escolas onde se possam habilitar para ser úteis nesta vida, e para o serviço de Deus através da eternidade. Os que têm em vista unicamente a glória de Deus, desejarão ardentemente habilitar-se para um serviço especial; pois o amor de Cristo exercerá sobre eles uma influência dominante. Esse amor comunica mais que transitória energia, e qualifica os seres humanos para realizações divinas. O Trabalho de Cristo Pela Humanidade CP 495 2 A obra dos que amam a Deus tornará manifesto o caráter de seus motivos, pois a salvação daqueles por quem Cristo pagou infinito preço será o objetivo de seus esforços. Todas as outras considerações - lar, família, satisfação própria - serão postas em segundo lugar em relação à obra de Deus. Seguirão o exemplo dAquele que manifestou Seu amor pelo homem caído, deixando a bem-aventurança celeste e a homenagem dos anjos, para vir a este mundo. O Salvador trabalhou com incansável esforço a fim de ajudar as criaturas humanas. Não Se deteve ante nenhum sacrifício, não hesitou em face de nenhuma abnegação; por amor de nós, Ele tornou-Se pobre, para que, pela Sua pobreza, nós nos pudéssemos tornar ricos. A compaixão que sentia pelos perdidos levou-O a buscá-los onde eles se achavam. E Seus colaboradores precisam trabalhar como Ele trabalhava, não hesitando em procurar os caídos, não julgando demasiado pesado nenhum esforço, nenhum sacrifício extremo, contanto que possam ganhar almas para Cristo. Aquele que quiser ser eficiente obreiro de Deus, precisa estar disposto a suportar o que Cristo suportou, ir ao encontro dos homens como Ele foi. CP 496 1 Unicamente a educação que põe o estudante em íntima relação com o grande Mestre é verdadeira. Os jovens devem ser ensinados a olhar a Cristo como seu guia. Devem ser-lhes ensinadas lições de paciência e confiança, da verdadeira bondade e benevolência de coração, de perseverança e firmeza. Seu caráter deve corresponder às palavras de Davi: "Para que nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio" (Sl 144:12). CP 496 2 O aluno convertido quebrou a cadeia que o ligava ao serviço do pecado, colocando-se na devida relação para com Deus. Seu nome acha-se inscrito no livro da vida do Cordeiro. Ele se encontra na solene obrigação de renunciar ao mal, e pôr-se sob a jurisdição do Céu. Cumpre-lhe, mediante fervorosa oração, apegar-se a Cristo. Negligenciar essa devoção, recusar este serviço, é tornar-se o brinquedo das astúcias de Satanás. CP 496 3 Enquanto está cultivando a mente, o aluno deve cultivar também retidão de coração e lealdade para com Deus, a fim de desenvolver um caráter semelhante ao de José. Então, desdenhará o pensamento de ceder à tentação, temendo manchar sua pureza. Como Daniel, resolverá ser fiel aos princípios, e fazer o melhor emprego das faculdades com que Deus o dotou. Longos Cursos de Estudo CP 496 4 Muitos pensam que, a fim de preparar-se para um serviço aceitável, precisam fazer longo curso de estudo sob a direção de instruídos professores em alguma escola do mundo. Assim precisam fazer, é certo, caso desejem adquirir o que o mundo chama educação. Nós, porém, não dizemos aos jovens: Estudai, estudai, mantendo o cérebro continuamente nos livros. Nem lhes dizemos: Precisais passar o tempo na escola, adquirindo o que se chama "educação superior". A causa de Deus necessita de obreiros experientes. Mas não devemos pensar que precisamos subir ao mais elevado grau de conhecimento em todos os ramos do saber. O tempo é breve, e cumpre-nos trabalhar zelosamente por almas. Se os alunos estudarem com diligência e oração a Palavra de Deus, encontrarão o conhecimento de que necessitam. CP 497 1 Não é necessário que todos conheçam várias línguas; necessário é, porém, que todos tenham experiência nas coisas de Deus. Não digo que não deva haver estudo de línguas. Elas devem ser estudadas. Não demorará muito até que haja positiva necessidade de muitos abandonarem a pátria indo trabalhar entre povos de outras línguas; e os que tiverem conhecimentos das mesmas serão capazes de pôr-se em comunicação com os que não conhecem a verdade. O Caráter dos Professores CP 497 2 O bem-estar, a felicidade e a vida religiosa das famílias com quem os jovens se acham ligados, a prosperidade e piedade da igreja de que são membros, dependem grandemente da educação religiosa que eles recebem em nossas escolas. Em razão de haverem sido essas escolas estabelecidas para tão alto e santo fim, os mestres devem ser homens e mulheres cuja vida seja purificada pela graça de Cristo, de espírito culto e finas maneiras. E devem possuir um vívido senso dos perigos desta época e da obra que se deve realizar a fim de preparar um povo que subsista no dia de Deus. Cumpre-lhes seguir sempre uma direção que se imponha ao respeito dos alunos. Os jovens têm o direito de esperar que um professor cristão alcance elevada norma, e julgá-lo-ão severamente, caso ele o não faça. CP 498 1 Os mestres de nossas escolas precisam manifestar paciência, sabedoria e amor como o de Cristo. Virão para a escola alunos que não têm objetivo nenhum definido, nem princípios determinados, nem percepção do direito de Deus a seu respeito. Estes precisam ser despertados para suas responsabilidades. É preciso ensiná-los a apreciarem as oportunidades que lhes são oferecidas e a tornarem-se exemplos de diligência, sobriedade e préstimo. Sob a influência de sábios professores, os indolentes podem ser levados a erguer-se, os irrefletidos a se tornarem sérios. Mediante esmerados esforços, o menos promissor dos alunos se pode por tal forma preparar e disciplinar, que saia da escola com elevados princípios, apto a ser um bem-sucedido portador de luz por entre as trevas do mundo. CP 498 2 Há necessidade de pacientes e conscienciosos professores para despertar esperança e aspiração na juventude, para ajudá-los a estimar as possibilidades que se acham diante deles. Há necessidade de professores que exercitem seus alunos em efetuar serviço para o Mestre; que os levem de um a outro ponto em realizações intelectuais e espirituais. Os mestres devem esforçar-se por avaliar a grandeza de sua obra. Precisam ampliar a visão; pois essa obra iguala, em importância, à do ministro cristão. Com perseverante fé, têm de apegar-se ao Infinito, dizendo como Jacó: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares" (Gn 32:26). Oferecendo a Deus o Melhor CP 499 1 Os alunos devem oferecer a Deus nada menos que o melhor que lhes seja possível dar. O esforço mental se tornará mais fácil e mais satisfatório à medida que se aplicarem à tarefa de compreender as coisas profundas de Deus. Cada um deve decidir não ser um aluno de segunda categoria, nem deixar que outros pensem por ele. Deveria dizer: "Aquilo que outros conseguiram em conhecimentos e na Palavra de Deus, hei de eu alcançar mediante diligentes esforços." Ele deve estimular as melhores faculdades do espírito e, com o senso da sua responsabilidade perante Deus, fazer o melhor que possa a fim de vencer as dificuldades. E, quanto possível, convém-lhe procurar a companhia dos que são capazes de o ajudar, de reconhecer-lhe os erros e pô-lo alerta quanto à indolência, a pretensão e superficialidade no trabalho. CP 499 2 O verdadeiro motivo do serviço deve ser mantido perante os alunos. O preparo que recebam deve ser de molde a ajudá-los a desenvolver-se em homens e mulheres úteis. Todos os meios que os ergam e enobreçam, devem ser empregados. Devem ser ensinados a usar suas faculdades em harmonia com a vontade de Deus. A influência exercida por uma vida verdadeira e pura, deve ser de contínuo mantida aos olhos deles. Isto os ajudará em seu preparo para o serviço. Tornar-se-ão dia a dia mais fortes, mais bem preparados, mediante a graça de Cristo e o estudo de Sua Palavra, para desenvolver agressivos esforços contra o mal. CP 499 3 Nenhum outro conhecimento é tão firme, tão coerente, de tão vasto alcance, como o que se obtém do estudo da Palavra de Deus. Aí está a fonte de todo verdadeiro conhecimento. ------------------------Capítulo 70 -- Adquirir Eficiência CP 500 1 O terceiro anjo é representado a voar pelo meio do céu, mostrando que a mensagem deve ir através da extensão e largura da Terra. É a mais solene mensagem que já foi dada a mortais, e todos quantos se propõem a ligar-se com a obra devem sentir sua necessidade de educação, do mais completo preparo. Devem-se fazer planos e desenvolver esforços para o aperfeiçoamento dos que aspiram a entrar em qualquer ramo da obra. CP 500 2 O trabalho ministerial não deve ser confiado a rapazes, nem o de instrutoras bíblicas a moças novas, pelo fato de eles oferecerem seus serviços e estarem dispostos a assumir posições de responsabilidade, enquanto carecem de experiência religiosa, e lhes falta completa educação e preparo. Precisam ser provados; pois, a menos que desenvolvam o firme, consciencioso princípio de ser tudo quanto Deus quer que eles sejam, não hão de representar corretamente Sua causa. Todos quantos se acham empenhados na obra em toda missão devem adquirir profundidade na experiência. Os que são novos na obra devem receber o auxílio dos mais experientes, e compreender a maneira de trabalhar. Os movimentos missionários estão sendo continuamente embaraçados por falta de obreiros com a devida espécie de espírito - obreiros devotados e justos, que representem devidamente a nossa fé. CP 500 3 Muitos há que devem tornar-se missionários, mas que não entram nunca no campo porque os que estão ao seu lado na igreja ou em nossos colégios não se preocupam em trabalhar com eles, expondo diante de seus olhos as exigências de Deus quanto a todas as suas faculdades, e não oram com eles e por eles. O período agitado, que decide a direção da vida, passa, formam-se suas convicções, outras influências e atrações os arrastam, e as tentações de buscar posições que, pensam eles, hão de trazer-lhes lucros financeiros, levam-nos para a corrente mundana. Tais jovens poderiam haver sido salvos para a obra. CP 501 1 Nossas escolas devem ser escolas de preparo missionário. Se os homens e as mulheres delas saem habilitados, em qualquer sentido, para o campo missionário, precisam avaliar a grandeza da obra; em sua experiência diária se deve introduzir a piedade prática, caso queiram estar aptos para qualquer lugar de utilidade na causa de Deus. ... A Escola Deve Continuar a Obra do Lar CP 501 2 Os que freqüentam nossas escolas têm de receber preparo diverso do que é ministrado nas escolas comuns da atualidade. Nossos jovens, em geral, caso tenham pais sábios e tementes a Deus, receberam o ensino dos princípios do Cristianismo. A Palavra de Deus era respeitada em seu lar, sendo seus ensinos considerados a lei da vida. Foram criados na doutrina e admoestação do evangelho. Quando entram na escola, devem continuar esta mesma educação e preparo. As máximas, os costumes e práticas do mundo não são os ensinos de que eles necessitam. Vejam eles que os professores na escola cuidam de sua alma, que têm decidido interesse em seu bem-estar espiritual. A religião é o grande princípio a ser incutido; pois "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Pv 9:10). ... Felicidade na Religião CP 502 1 Onde quer que se estabeleça uma escola, devem haver corações fervorosos para interessar-se pelos jovens. Há necessidade de pais e mães que contribuam com profunda simpatia e benévolas admoestações. Deve-se tornar os cultos tão aprazíveis quanto possível. Os que prolongam esses cultos até torná-los cansativos, deixam errôneas impressões na mente dos jovens, levando-os a ligar a religião com o que é árido, não social e desinteressante. ... É essencial, no professor, piedade ardente e ativa. A menos que se exerça contínuo cuidado e seja vivificado pelo Espírito de Deus, o culto matutino e vespertino, na capela, bem como as reuniões de sábado, tornar-se-ão formais e, para os jovens, o mais enfadonho e menos atrativo dos exercícios escolares. As reuniões sociais devem ser dirigidas de maneira a se tornarem, não somente ocasiões proveitosas, mas de real prazer. CP 502 2 Estudem os que ensinam os jovens, por sua vez, na escola de Cristo, aprendendo lições para comunicar a seus alunos. É preciso sincera, diligente e íntima devoção. Cumpre evitar-se toda falta de visão. Que o professor se desligue de sua dignidade ao ponto de ser um com as crianças em seus exercícios religiosos e entretenimentos, sem lhes dar a impressão de serem vigiadas. Sua própria presença entre elas lhes apresentará um modelo à conduta, fazendo-lhes pulsar o coração com novo afeto. CP 503 1 Os jovens necessitam de simpatia, afeição e amor, do contrário ficarão desanimados. Um espírito de "Não me importo com ninguém e ninguém se importa comigo" toma posse deles. Talvez professem ser seguidores de Cristo, mas têm um diabo tentador em suas pegadas, e estão em risco de ficar desanimados e mornos, e de abandonar a Deus. Então alguém julga seu dever censurá-los, e tratá-los friamente, como se fossem muito piores do que na realidade são. Poucos sentem, talvez nenhum, o dever de fazer esforços pessoais para reformá-los, e remover as lamentáveis impressões neles produzidas. CP 503 2 As obrigações do professor são sérias e sagradas, mas parte alguma de sua obra é mais importante do que a de proteger os jovens com terna e amorável solicitude. Conquiste uma vez a confiança dos alunos, e poderá facilmente guiá-los, controlar e preparar. Os santos motivos que fundamentam o viver cristão devem ser introduzidos na vida. A salvação de seus alunos é o mais elevado interesse confiado ao professor temente a Deus. Ele é colaborador de Cristo, e seu especial e determinado esforço deve ser ganhá-los para Cristo. Deus o requererá de suas mãos. CP 503 3 Todo professor deve viver uma existência de piedade, pureza e diligente esforço. Se o coração arde com o amor de Deus, ver-se-á na vida aquela pura afeição que é essencial; far-se-ão fervorosas orações e se darão fiéis advertências. Quando estas são negligenciadas, periclitam as almas sob seu cuidado. ... CP 503 4 Todavia, depois de todos esses esforços, os mestres verificarão talvez que alguns desenvolvem caráter destituído de princípios. São frouxos na moral, o que é, em muitos casos, resultado de viciosos exemplos e falta de disciplina dos pais. Conquanto os professores façam tudo quanto podem, não conseguirão levar esses jovens a uma vida de pureza e santidade. Após paciente disciplina, afetivo esforço e fervorosa oração, ficarão decepcionados com aqueles de quem muito esperaram. Receberão, além disso, a censura dos pais, por não haverem, tido poder de contrabalançar a influência dos errados exemplos e imprudente educação recebidos em casa. A despeito desses desânimos, porém, o mestre deve prosseguir em sua obra, confiando em que Deus opere com ele, ocupando varonilmente o seu posto e trabalhando com fé. Outros serão salvos para Deus, e sua influência se exercerá em salvar outros ainda. Estabelecer Elevada Norma CP 504 1 O que merece ser feito, precisa ser bem feito. Embora a religião deva ser o elemento predominante em toda escola, isso não levará ao rebaixamento das realizações nas letras. Ela fará com que todos os verdadeiros cristãos sintam a necessidade de inteiro conhecimento a fim de fazer o melhor emprego das faculdades a eles concedidas. Enquanto progridem na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, procurarão sem cessar distender as faculdades mentais, de modo a tornarem-se inteligentes cristãos. CP 504 2 O Senhor é desonrado por idéias e desígnios baixos de nossa parte. Aquele que negligencia observar cada exigência da lei de Deus, não lhe percebe a obrigatoriedade, viola toda a lei. O que se contenta de satisfazer apenas parcialmente a norma da justiça, e que não triunfa sobre todo inimigo espiritual, não cumpre o desígnio de Cristo. Rebaixa todo o plano de sua vida religiosa, e enfraquece o próprio caráter. Sob a força da tentação, seus defeitos de caráter tomam as rédeas, e o mal triunfa. CP 505 1 Para satisfazer a mais elevada norma possível, precisamos ser perseverantes e decididos. Em muitos casos, precisam ser vencidos hábitos e ideais estabelecidos, antes de podermos fazer progresso na vida religiosa. ... A obra essencial é conformar os gostos, os apetites, as paixões, os motivos e desejos com a grande norma de justiça. A obra deve começar no coração. A menos que este esteja em perfeita harmonia com a vontade de Cristo, qualquer paixão dominante, qualquer hábito ou defeito, tornar-se-á um poder para destruir. CP 505 2 A piedade e a experiência religiosa jazem à própria base da verdadeira educação. Deus quer que os professores de nossas escolas sejam eficientes. Caso avancem em compreensão espiritual, verão quão importante é não serem deficientes no conhecimento das ciências. Ao passo que os mestres precisam de piedade, necessitam também de um completo conhecimento das ciências. ... CP 505 3 O cristão visa a atingir as mais altas realizações com o intuito de beneficiar os outros. O conhecimento harmonicamente misturado com o caráter cristão, fará do homem uma luz no mundo. Deus opera com os esforços humanos. Os que fazem toda diligência para tornar firme sua vocação e eleição sentirão que um conhecimento superficial não os habilitará para uma posição de utilidade. A educação equilibrada por sólida experiência religiosa habilita o filho de Deus para executar a obra que lhe é designada de maneira sistemática, firme, inteligente. Aquele que aprende do maior Educador que o mundo já conheceu, não somente possuirá um simétrico caráter cristão, mas uma mente exercitada para o trabalho eficaz. ... CP 506 1 Deus não quer que nos satisfaçamos com mente preguiçosa, indisciplinada, pensamentos estúpidos e memória fraca. Quer que todo professor se sinta descontente com certa medida de êxito, apenas, e compreenda sua necessidade de constante diligência em adquirir conhecimento. Nosso corpo e vida pertencem a Deus, pois Ele os comprou. Deu-nos talentos e tornou-nos possível adquirir mais, de modo a podermos ser úteis a nós mesmos e a outros no caminho da vida. Cumpre a cada um desenvolver e firmar os dons que lhe foram emprestados por Deus. Se todos compreendessem isso, que vasta diferença em nossas escolas, em nossas igrejas e missões. Mas a maioria contenta-se com um limitado conhecimento, poucas realizações, satisfazendo-se simplesmente em ser aceitável. A necessidade de ser homens semelhantes a Daniel, homens de influência, homens cujo caráter se tornou harmônico mediante o trabalho em benefício da humanidade e para glória de Deus - tal necessidade, só uns poucos sentem. O resultado disso é que não há senão uns poucos habilitados para satisfazer à grande necessidade dos tempos em que vivemos. CP 506 2 Deus não passa por alto os ignorantes; se estes, porém, estiverem ligados com Cristo, se forem santificados por meio da verdade, estarão sempre adquirindo conhecimento. Mediante o exercitarem todas as faculdades para glorificar a Deus, terão aumentado poder para fazê-lo. São muito néscios os que estão dispostos a permanecer em uma estreita esfera pelo fato de Deus ter condescendido em aceitá-los quando ali se achavam. Há, todavia, centenas e milhares que estão procedendo exatamente assim. ------------------------Capítulo 71 -- Eficiência Mediante o Serviço CP 507 1 Deus efetuará uma grande obra por meio da verdade, uma vez que homens consagrados, dispostos ao sacrifício, entreguem-se incondicionalmente à tarefa de apresentá-la aos que estão em trevas. Os que possuem o conhecimento da verdade e são consagrados a Deus, devem aproveitar-se de toda oportunidade para proclamar a mensagem para estes dias. Anjos de Deus estão movendo o coração e a consciência do povo de outras nações, e almas sinceras se acham perturbadas ao testemunharem os sinais dos tempos na desassossegada condição das nações. Em seu coração surge a pergunta: Qual será o fim de tudo isso? CP 507 2 Mas enquanto Deus e os anjos estão operando para impressionar os corações, os servos de Deus parecem dormir. Poucos estão trabalhando em uníssono com os mensageiros celestes. Todos quantos são cristãos devem ser obreiros na vinha do Senhor. Devem estar inteiramente despertos, trabalhando zelosamente pela salvação de seus semelhantes, e seguindo o exemplo que o Salvador lhes deu em Sua vida de abnegação, sacrifício e diligente esforço. CP 507 3 Deus nos honrou, tornando-nos depositários de Sua lei; e caso os pastores e o povo estivessem suficientemente despertos, não descansariam na indiferença. Foram-nos confiadas verdades de vital importância, as quais devem provar o mundo; e todavia, em nossa própria pátria há cidades, vilas e povoados que nunca ouviram a mensagem de advertência. CP 507 4 Os jovens são despertados pelos apelos feitos quanto a auxiliar a grande obra de Deus, e dão alguns passos avante, mas o fardo não lhes repousa nos ombros com suficiente peso para os induzir a realizar o que deviam. Estão dispostos a fazer uma pequena obra, que não requeira especial esforço. Não aprendem, portanto, a depender por completo de Deus e, por meio de fé viva, sorver da grande Fonte de luz e força, a fim de seus esforços se demonstrarem de todo bem-sucedidos. CP 508 1 Os jovens se devem estar habilitando para o serviço, tornando-se familiarizados com outras línguas, para que Deus deles Se sirva como de instrumentos para comunicar Sua salvadora verdade ao povo de outras nações. Esses jovens talvez obtenham conhecimento de outros idiomas, mesmo enquanto empenhados no trabalho em prol dos pecadores. Se economizarem o tempo, poderão aperfeiçoar o espírito, e tornarem-se aptos para mais extensiva utilidade. CP 508 2 Isso tornará nossos jovens fortes a fim de seguirem para novos campos e cultivarem o terreno baldio de corações humanos. Esta obra os levará mais perto de Deus. Ajudá-los-á a ver que, de si mesmos, são de todo ineficientes, que devem ser por completo do Senhor. Devem afastar a presunção e a altivez, revestindo-se do Senhor Jesus Cristo. Quando assim fizerem, estarão dispostos a ir para outros campos, e suportar o fardo como bons soldados da Cruz. Adquirirão eficiência e habilidade por dominar as dificuldades e vencer os obstáculos. Há carência de homens para postos de responsabilidade, mas devem ser homens que, de seu ministério, tenham dado plenas provas, na boa vontade de levar o jugo de Cristo. ------------------------Capítulo 72 -- A Mais Essencial Educação Para Obreiros Evangélicos CP 509 1 Há obreiros cristãos que não receberam educação superior porque lhes foi impossível conseguir essa oportunidade; mas Deus tem dado testemunho de os haver escolhido e ordenado para irem e trabalharem em Sua vinha. Ele os tem tornado eficientes coobreiros Seus. Possuem espírito dócil; sentem sua dependência de Deus; e o Espírito Santo está com eles a fim de ajudá-los em suas fraquezas. Aviva e comunica energia à mente, dirige os pensamentos, e auxilia na apresentação da verdade. CP 509 2 Quando o obreiro se coloca perante o povo para lhes apresentar as palavras da vida, ouve-se em sua voz o eco da voz de Cristo. É patente que ele anda com Deus, que esteve com Jesus e dEle aprendeu. Introduziu a verdade no íntimo santuário da alma; ela lhe é viva realidade; e ele apresenta a verdade em demonstração do Espírito e de poder. O povo ouve o jubiloso som; Deus lhes fala ao coração por meio do homem consagrado a Seu serviço. CP 509 3 Quando, mediante o Espírito, o obreiro exalta a Cristo, torna-se na verdade eloqüente. É veemente e sincero, e aqueles por quem trabalha lhe têm amor. Que pecado recairia sobre quem escutasse um homem assim, meramente para o criticar, para notar a má gramática ou a pronúncia incorreta, fazendo desses erros objeto de ridículo! ... CP 509 4 O orador que não possui boa instrução pode, por vezes, cair em erros gramaticais ou de pronúncia; talvez não empregue as mais eloqüentes expressões, ou as mais belas imagens; mas, se ele próprio comeu do pão da vida, se bebeu da fonte viva, pode alimentar almas famintas, e oferecer da água da vida aos que estão sedentos. Seus defeitos serão perdoados e esquecidos. Seus ouvintes não se cansarão nem se desgostarão, antes darão graças a Deus pela mensagem de misericórdia a eles enviada por meio de Seu servo. O Aperfeiçoamento Próprio dos Obreiros CP 510 1 Caso o obreiro se haja consagrado plenamente a Deus, e seja diligente em orar, suplicando força e sabedoria celestes, a graça de Cristo será seu guia, e ele vencerá os próprios defeitos, tornando-se mais e mais inteligente nas coisas de Deus. Ninguém se aproveite disso, porém, para ser indolente, para desperdiçar o tempo e as oportunidades, e negligenciar o preparo essencial a fim de tornar-se eficiente. O Senhor não Se agrada daqueles que, tendo tido ocasiões de obter conhecimento, negligenciam aproveitar os privilégios postos ao seu alcance. ... CP 510 2 O homem cuja mente é iluminada pela Palavra de Deus, há de sentir, mais que qualquer outra pessoa na Terra, que deve ser mais diligente no exame da Bíblia, no estudo das ciências; pois sua esperança e vocação são maiores que qualquer outra. Quanto mais intimamente um homem se achar ligado com a Fonte de todo o conhecimento e sabedoria, tanto mais ele pode ser auxiliado intelectual e espiritualmente. O conhecimento de Deus é a educação essencial; todo verdadeiro obreiro dedicará seu constante estudo para obtenção desse conhecimento. ------------------------Capítulo 73 -- "Conforme o que o Homem Tem" CP 511 1 Deus pode usar e usará os que não tiveram completa educação nas escolas dos homens. Duvidar de Seu poder para fazê-lo é manifesta incredulidade. Nosso Salvador não passa por alto o saber nem despreza a educação; escolheu, todavia, iletrados pescadores para a obra do evangelho, por não haverem eles sido instruídos nos falsos costumes e tradições do mundo. Eram homens dotados de boas aptidões naturais, e de um espírito humilde e dócil; homens a quem poderia educar para Sua grande obra. CP 511 2 Nas atividades comuns da vida existe muito trabalhador levando pacientemente a rotina de suas tarefas diárias, inconsciente das latentes faculdades que, despertadas para a ação, colocá-lo-iam entre os maiores líderes do mundo. O toque de uma hábil mão se faz necessário para despertar e desenvolver essas adormecidas faculdades. Foram homens assim os que Jesus ligou a Si; e proporcionou-lhes as vantagens de três anos de preparo sob Seu próprio cuidado. Nenhum curso de estudos nas escolas dos rabis ou nas escolas de filosofia poderia haver igualado a isso em seu valor. CP 511 3 A vida consagrada a Deus não deve ser uma vida de ignorância. Muitos falam contra a educação, pelo fato de Jesus haver escolhido não educados pescadores para pregar o evangelho. Afirmam que Cristo mostrou preferência por essa classe. Houve, porém, muitos homens de saber, e ilustres, que acreditaram nos ensinos de Cristo. Houvessem esses destemidamente obedecido às convicções de sua consciência, e tê-Lo-iam seguido. Suas aptidões teriam sido aceitas e empregadas em Seu serviço, caso as houvessem eles oferecido. Faltava-lhes, porém, força moral, diante dos carrancudos sacerdotes e dos invejosos governantes, para confessar a Cristo, e arriscar sua reputação, ligando-se ao humilde Galileu. CP 512 1 Aquele que conhece o coração de todos, compreendia isso. Se os educados e nobres não queriam fazer a obra para que se achavam habilitados, Cristo escolheria homens que fossem obedientes e fiéis no cumprir Sua vontade. Escolheu homens humildes e ligou-os a Si, a fim de educá-los para levar avante a grande obra na Terra, quando Ele a houvesse de deixar. CP 512 2 Cristo era a luz do mundo. Era a fonte de todo conhecimento. Era apto a habilitar os iletrados pescadores para se desempenharem da grande comissão que lhes ia confiar. As lições de verdade ministradas a esses homens humildes foram de alta significação. Eles deviam abalar o mundo. Coisa simples era a Jesus relacionar consigo essas pessoas humildes; foi, porém, um acontecimento de tremendos resultados. Suas palavras e obras haviam de revolucionar o mundo. CP 512 3 Deus aceitará os jovens com seus talentos e a opulência de sua afeição, caso se consagrem a Ele. Eles podem atingir o mais elevado ponto da grandeza intelectual; e, sendo equilibrados pelos princípios religiosos, poderão levar avante a obra que Cristo veio do Céu para realizar. CP 512 4 Os alunos de nossas escolas têm valiosos privilégios, não só de obter conhecimento de ciências, mas também de aprender a cultivar virtudes que lhes darão caráter simétrico. CP 513 1 Eles são os responsáveis agentes morais de Deus. Os talentos da riqueza, posição e intelecto são dados por Deus em depósito ao homem, para seu sábio desenvolvimento. Esses vários depósitos tem Ele distribuído proporcionalmente às conhecidas faculdades e capacidades de Seus servos, a cada um a sua obra. CP 513 2 E o Doador espera resultados proporcionais aos dons. O mais humilde dom não deve ser desprezado. Cada um tem sua esfera e vocação particulares. Aquele que melhor aproveita as oportunidades que Deus lhe dá, devolverá ao Doador, em seu desenvolvimento, juros na razão do capital confiado. CP 513 3 O Senhor não recompensa a grande quantidade de trabalho feito. Não considera tanto a grandeza da obra, como a fidelidade com que é executada. O bom e fiel servo é recompensado. Ao cultivarmos as faculdades que Deus nos deu, cresceremos no conhecimento e na percepção. CP 513 4 A perseverança na aquisição de conhecimento, regida pelo temor e o amor de Deus, dará aos jovens acréscimo de poder para o bem nesta vida. Os que aproveitam ao máximo suas oportunidades para chegar a elevadas realizações, levarão estas consigo para a vida futura. Buscaram e conseguiram o que é imperecível. A capacidade de apreciar as glórias que "o olho não viu, e o ouvido não ouviu" (1Co 2:9), será proporcional às consecuções alcançadas. CP 513 5 Os que esvaziam o coração da vaidade e das impurezas, poderão, pela graça de Deus, purificar o espírito, e torná-lo um centro de conhecimentos, pureza e verdade. E ele continuará dilatando-se para além dos estreitos limites do pensamento mundano, para a vastidão do infinito. ------------------------Capítulo 74 -- Jovens Como Missionários CP 514 1 Os jovens que desejam entrar no campo como pastores ou colportores, devem primeiro obter um razoável grau de preparo mental, bem como ser especialmente exercitados para sua carreira. Os que não foram educados, exercitados e polidos não se acham preparados para entrar num campo onde as poderosas influências do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco podem eles enfrentar com êxito as estranhas formas de erros religiosos e filosóficos combinados, cuja exposição requer conhecimento de verdades científicas, como também bíblicas. CP 514 2 Especialmente os que têm em vista o ministério devem sentir a importância do método bíblico do preparo ministerial. Devem entrar de coração na obra, e, enquanto estudam na escola, precisam aprender do grande Mestre a mansidão e a humildade de Cristo. Um Deus que guarda o concerto prometeu que, em resposta à oração, derramará Seu Espírito sobre esses discípulos da escola de Cristo a fim de que se tornem ministros da justiça. CP 514 3 Árduo é o trabalho a fazer-se para desalojar da cabeça o erro e a falsa doutrina, para que a verdade e a religião bíblicas possam achar lugar no coração. Foi como um meio ordenado por Deus para educar jovens de ambos os sexos para os vários ramos da obra missionária, que se estabeleceram colégios entre nós. Não é o desígnio de Deus que eles enviem apenas uns poucos, mas muitos obreiros. Satanás, porém, decidido a impedir esse desígnio, tem-se apoderado exatamente daqueles a quem o Senhor havia de habilitar para lugares de utilidade em Sua obra. Muitos há que haveriam de trabalhar, se motivados a entrar no serviço, e que se salvariam a si mesmos mediante esse trabalho. A Igreja deve sentir sua grande responsabilidade quanto a encerrar a luz da verdade, e restringir a graça de Deus dentro de seu estreito âmbito, quando dinheiro e influência deveriam ser liberalmente empregados em trazer pessoas competentes ao campo missionário. CP 515 1 Centenas de jovens se deviam ter preparado para desempenhar um papel na obra de espalhar a semente da verdade junto a todas as águas. Queremos homens que impulsionem os triunfos da Cruz; homens que perseverem sob o desânimo e as privações; que possuam o zelo e a fé indispensáveis no campo missionário. ... Línguas Estrangeiras CP 515 2 Há entre nós pessoas que, sem a fadiga e demora da aprendizagem de um outro idioma, se poderiam habilitar para proclamar a verdade a outras nações. Na igreja primitiva, os missionários eram miraculosamente dotados com o conhecimento de outras línguas, nas quais eram chamados a pregar as insondáveis riquezas de Cristo. E se Deus estava pronto a ajudar assim Seus servos naquele tempo, podemos nós duvidar de que Sua bênção repousará sobre nossos esforços para habilitar os que possuem um natural conhecimento de línguas estrangeiras, e que, com a devida animação, haviam de apresentar a seus próprios patrícios a mensagem da verdade? Poderíamos ter tido mais obreiros em campos missionários estrangeiros, houvessem os que penetraram nesses campos se aproveitado de todos os talentos ao seu alcance. ... CP 515 3 Em certos casos talvez seja necessário que jovens aprendam línguas estrangeiras. Isso podem eles fazer com o maior êxito mediante o convívio com o povo, e ao mesmo tempo, dedicando parte de cada dia ao estudo da língua. Isso se deveria fazer apenas como um necessário passo preparatório para educar os que se encontram nos campos missionários, e que, com o devido preparo, se podem tornar obreiros. É essencial que se estimulem ao serviço aqueles que se podem dirigir na língua materna ao povo de outras nações. CP 516 1 É um grande empreendimento para um homem de meia-idade o aprender uma nova língua; e com todos os seus esforços, será quase impossível que a fale tão pronta e corretamente, que se torne um obreiro eficiente. Jovens Para Lugares Difíceis CP 516 2 Não podemos privar nossas missões nacionais da influência dos pastores de meia-idade ou idosos, para os enviar a campos distantes a fim de se empenharem numa obra para que não estão habilitados, e à qual nunca se adaptarão por mais que se esforcem. Os homens assim enviados deixam vagas que os obreiros inexperientes não podem preencher. CP 516 3 A Igreja talvez indague a jovens se podem ser confiadas as sérias responsabilidades envolvidas no estabelecimento e direção de uma missão estrangeira. Respondo: Deus designou que eles fossem preparados em nossos colégios e mediante a associação no trabalho com homens experientes, de maneira que se achem preparados a ocupar lugares de utilidade nesta causa. Cumpre-nos mostrar confiança em nossos jovens. Eles deviam ser pioneiros em todo empreendimento que exigisse fadiga e sacrifício, ao passo que os sobrecarregados servos de Cristo deviam ser prezados como conselheiros, para animar e abençoar os que têm de desferir os mais pesados golpes em favor de Deus. A Providência colocou esses pais cheios de experiência em posições difíceis, de responsabilidade, quando mais jovens, não tendo ainda suas faculdades físicas nem intelectuais atingido ao completo desenvolvimento. A magnitude do depósito que lhes era confiado despertou-lhes as energias, seu ativo labor na obra ajudou-lhes no desenvolvimento físico e mental. CP 517 1 Há necessidade de jovens. Deus os chama aos campos missionários. Achando-se relativamente livres de cuidados e responsabilidades, estão em condições mais favoráveis para se empenhar na obra do que os que têm de prover o sustento e educação de uma grande família. Demais, os jovens podem mais facilmente adaptar a sociedades e climas novos, sendo mais aptos a suportar incômodos e fadigas. Com tato e perseverança, podem-se pôr em contato com o povo. CP 517 2 As forças são produzidas pelo exercício. Todos os que se servem das aptidões que Deus lhes deu, terão crescentes habilidades para consagrar ao serviço dEle. Os que nada fazem na causa de Deus, deixarão de crescer em graça e no conhecimento da verdade. Um homem que se deitasse, recusando servir-se dos membros, perderia em breve a faculdade de os utilizar. Assim o cristão que não exercitar as aptidões concedidas por Deus, não somente deixa de crescer em Cristo, mas perde as forças que já possuía; torna-se um paralítico espiritual. São os que, com amor para com Deus e seus semelhantes, se esforçam por ajudar outros que se tornam firmes, fortes e estáveis na verdade. O verdadeiro cristão trabalha para Deus, não por impulso, mas por princípio; não por um dia ou um mês, mas por toda a vida. ... CP 518 1 O Mestre pede obreiros evangélicos. Quem responderá? Nem todos os que entram para o exército chegam a ser generais, capitães, sargentos ou mesmo cabos. Nem todos têm o cuidado e a responsabilidade de dirigentes. Há duros trabalhos de outras espécies a serem feitos. Uns devem cavar trincheiras e construir fortificações; outros devem ocupar o lugar de sentinelas, e outros ainda levar mensagens. Conquanto haja poucos oficiais, são necessários muitos soldados para formar as linhas e fileiras do exército; todavia o êxito depende da fidelidade de cada soldado. A covardia ou a traição de um só homem pode trazer a derrota ao exército inteiro. ... CP 518 2 Aquele que designou a "cada um a sua obra" (Mc 13:34), segundo suas aptidões, jamais deixará ficar sem recompensa o fiel cumprimento de um dever. Cada ato de lealdade e fé será coroado de testemunhos especiais do favor e aprovação de Deus. A todo obreiro é feita a promessa: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo seus molhos" (Sl 126:6). Obreiros Evangélicos, p. 78-85. CP 518 3 A familiarização com línguas de outros países é um auxílio na obra missionária. Compreender os costumes dos que viveram nos tempos bíblicos, das localidades, dos tempos e ocorrências é conhecimento prático; pois isso ajuda em tornar claras as imagens da Bíblia, e em fazer sentir a força das lições de Cristo. ------------------------Capítulo 75 -- Cooperação Entre Escolas e Hospitais CP 519 1 Há decididas vantagens no estabelecimento de uma escola e de um hospital em próxima vizinhança, de modo que mutuamente se auxiliem. Foram-me dadas instruções a esse respeito quando estávamos deliberando quanto à localização de nossos edifícios de Takoma Park. Sempre que é possível ter uma escola e uma casa de saúde bastante próximas, para que haja útil cooperação entre as duas instituições, e todavia suficientemente afastadas para impedir que uma interfira no trabalho da outra, nossos irmãos devem considerar com cuidado os benefícios que adviriam de situar as instituições onde se possam reciprocamente ajudar. Uma delas dará influência e força à outra; e, também, ambas podem economizar financeiramente, em virtude de uma partilhar das vantagens da outra. Obra Médico-Evangelística CP 519 2 Em ligação com nossas escolas maiores, devem-se providenciar facilidades para dar aos alunos completa instrução quanto à obra evangélica médico-missionária. Esse ramo da obra deve ser introduzido em nossos colégios e escolas missionárias como parte da instrução regular. Os alunos devem aprender a cuidar dos doentes; pois muitos deles terão de se ocupar nessa espécie de trabalho, quando empreenderem obra missionária nos campos a que forem chamados. Deve ser-lhes ensinada a maneira de empregar os remédios naturais no tratamento das doenças. Enquanto obtêm o conhecimento da verdade presente, devem aprender também a ser ministros da cura para aqueles a quem vão servir. Sejam-lhes dadas sábias instruções com relação aos princípios do viver saudável. Isso deve ser considerado parte importante de sua educação, embora eles nunca venham a ser missionários em terra estrangeira. Mesmo nas escolas seculares, as crianças devem ser ensinadas a formar hábitos que as mantenham com saúde. CP 520 1 Os que estão se preparando para ser enfermeiros e médicos, devem receber diárias instruções que neles desenvolvam os mais elevados motivos para o progresso. Eles devem freqüentar nossos colégios e escolas missionárias; e os professores dessas instituições de saber devem compreender sua responsabilidade de trabalhar e orar com os alunos. Os alunos devem aprender a ser verdadeiros médicos-missionários, firmemente ligados ao ministério evangélico. ... CP 520 2 Sempre que se estabeleça uma bem aparelhada casa de saúde próximo de uma escola, a cooperação entre as duas instituições muito acrescentará à força do curso médico-missionário na escola. Os professores na escola podem ajudar os obreiros na clínica por meio de suas opiniões e conselhos, e falando de quando em quando aos doentes. Por sua vez, os encarregados da casa de saúde podem auxiliar, preparando para o serviço no campo os alunos que se desejam tornar médicos-missionários. As circunstâncias, é claro, determinarão as minúcias das melhores combinações a fazer. Planejando os obreiros de cada uma dessas instituições, abnegadamente, ajudarem a outra, certamente as bênçãos do Senhor repousarão sobre ambas. CP 521 1 Homem algum, seja ele professor, médico ou pastor, nunca poderá esperar ser um todo completo. Deus deu a cada homem certos dons, e ordenou que eles se associem em Seu serviço, de modo que os vários talentos de muitos espíritos sejam reunidos. O contato de um espírito com outro tende a avivar o pensamento e aumentar as capacidades. As deficiências de um obreiro são muitas vezes supridas pelos dons especiais de outro; e, à medida que médicos e professores assim se unem em comunicar seus conhecimentos, a juventude sob seu ensino receberá simétrica e bem equilibrada educação para o serviço. O Benefício Para os Doentes CP 521 2 Os benefícios da sincera cooperação estendem-se para além dos médicos e professores, alunos e auxiliares do hospital. Quando se estabelece uma casa de saúde próximo a uma escola, os que têm a seu cargo a instituição educativa contam com grande oportunidade de dar o devido exemplo aos que, em toda a vida, têm sido preguiçosos comodistas, e que foram para a clínica em busca de tratamento. Os doentes verão o contraste entre seu viver ocioso, complacente consigo mesmo, e a vida de abnegação e serviço dos seguidores de Cristo. Aprenderão que o objetivo da obra médico-missionária é restaurar, corrigir os erros, mostrar às criaturas humanas como evitar a condescendência com o próprio eu, que traz doença e morte. CP 521 3 As palavras e ações dos obreiros no hospital e na escola devem revelar plenamente que a vida é uma coisa profundamente solene, em face das contas que todos têm de prestar a Deus. Cada um deve pôr agora seus talentos a render, acrescentando o dom do Mestre, beneficiando a outros com as bênçãos a ele outorgadas. Unidade Entre os Obreiros CP 522 1 Para que se possam assegurar melhores resultados do estabelecimento de uma casa de saúde vizinha a uma escola, é preciso haver perfeita harmonia entre os obreiros de ambas as instituições. Isso é muitas vezes difícil de conseguir, especialmente quando os professores e os médicos se inclinam a ser muito voltados para o próprio eu, cada um considerando da maior importância a obra com que ele se acha mais intimamente ligado. Quando homens cheios de confiança em si mesmos se acham à testa de instituições em próxima vizinhança grande aborrecimento poderia resultar, caso cada um estivesse decidido a levar avante os próprios planos, recusando-se a fazer concessões a outros. Os que têm a direção do hospital e os que dirigem a escola precisarão guardar-se contra o apegar-se tenazmente às próprias idéias com relação a coisas que não são, na verdade, essenciais. Serviço Consagrado CP 522 2 Há uma grande obra a fazer por parte de nossas casas de saúde e escolas. O tempo é breve. O que se deve fazer, precisa ser feito rapidamente. Que os que estão ligados a essas importantes instituições se convertam inteiramente. Não vivam para si mesmos, para mundanos desígnios, recusando-se a uma plena consagração ao serviço de Deus. Dêem-se de corpo, alma e espírito a Deus, para ser empregados por Ele em salvar almas. Eles não estão na liberdade de fazerem de si mesmos o que lhes aprouver; pertencem a Deus; pois Ele os comprou com o sangue de Seu Filho unigênito. E, à medida que eles aprenderem a permanecer em Cristo, não restará no coração nenhum espaço para o egoísmo. Em Seu serviço encontrarão a mais plena satisfação. CP 523 1 Que isso seja ensinado e vivido pelos obreiros médico-missionários. Digam esses obreiros àqueles com quem se acharem em contato, que a vida que os homens e as mulheres ora vivem será um dia examinada por um Deus justo, e que cada um deve fazer agora o melhor que lhe for possível, oferecendo a Deus consagrado serviço. Os que estão à testa da escola devem ensinar os alunos a empregar para o mais elevado e santo fim os talentos que Deus lhes deu, de modo a realizarem neste mundo o máximo bem. Os alunos precisam aprender o que significa ter um objetivo real na vida, e obter exaltada compreensão do que seja a verdadeira educação. Precisam aprender o que seja ser genuínos missionários médico-evangelistas - missionários que possam sair para trabalhar com os pastores nos campos necessitados. CP 523 2 Sempre que houver favorável oportunidade, planejem nossos hospitais e escolas ser um auxílio e uma força um ao outro. O Senhor quer que Sua obra avance com firmeza. Conforme o desígnio de Deus, deixai que a luz irradie de Suas instituições, e seja Deus honrado e glorificado. Este é o propósito e plano do Céu no estabelecimento dessas instituições. Que os médicos e os enfermeiros, os professores e os alunos, andem humildemente com Deus, confiando inteiramente nEle como o único que pode fazer com que sua obra seja coroada de bom êxito. 14 de novembro de 1905. ------------------------Capítulo 76 -- Visão Mais Ampla CP 524 1 Ao levar avante a obra do Senhor na pátria e mais além, os que ocupam posições de responsabilidade precisam planejar sabiamente, de modo a fazer o melhor emprego possível de homens e de meios. O encargo de manter a obra em muitas das terras estrangeiras deve recair em grande parte sobre nossas associações na pátria. Essas associações devem possuir meios com que ajudar na abertura de novos campos, onde as importantes verdades da terceira mensagem angélica nunca penetraram ainda. Dentro desses últimos anos, têm-se aberto portas como por encanto, e necessitam-se homens e mulheres que por elas penetrem e comecem diligente trabalho pela salvação de almas. CP 524 2 Nossas instituições educativas muito podem realizar, no sentido de satisfazer às exigências de obreiros preparados para esses campos missionários. Devem-se delinear planos sábios para fortalecer a obra feita em nossos centros de educação. Cumpre estudar os melhores métodos para habilitar consagrados rapazes e moças a assumirem responsabilidades e ganharem almas para Cristo. Devem aprender a maneira de se aproximar do povo e de apresentar a terceira mensagem angélica de modo atrativo. E, na administração dos assuntos financeiros, devem-se ensinar-lhes lições que os ajudem quando forem enviados a campos isolados, onde precisarão sofrer muita privação e exercer a mais estrita economia. Ganhar a Bolsa Escolar CP 524 3 O Senhor estabeleceu um plano pelo qual muitos alunos de nossas escolas podem aprender lições práticas necessárias ao êxito na vida posterior. Ele nos deu o privilégio de vender livros consagrados ao progresso de nossa obra educativa e dos hospitais. No próprio uso desses livros encontrarão os jovens muitas experiências que lhes ensinarão a estar à altura dos problemas que os esperam nas regiões de além-mar. Durante sua vida escolar, ao venderem esses livros, poderão aprender a maneira de se aproximar cortesmente do povo, de exercer tato em conversar com ele sobre os diversos pontos da verdade presente. E, ao se defrontarem com certa medida de êxito financeiro, alguns aprenderão lições de economia, que lhes serão de grande vantagem ao serem enviados como missionários. CP 525 1 Os alunos que empreenderem a obra de vender Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver, terão de estudar o livro que esperam vender. Ao familiarizar a mente com o assunto do livro em mão, e buscar praticar-lhes os ensinos, eles se desenvolverão no conhecimento e no poder espiritual. As mensagens contidas nesses livros são a luz que Deus me revelou para transmitir ao mundo. Os professores de nossas escolas devem estimular os alunos a estudar cuidadosamente cada capítulo. Eles devem ensinar as verdades aí apresentadas, e procurar inspirar nos jovens o amor dos preciosos pensamentos que o Senhor nos confiou a fim de comunicarmos ao mundo. CP 525 2 Assim o preparo para vender esses livros, e as diárias experiências adquiridas enquanto estão apresentando-os ao povo, demonstrar-se-ão incalculável escola para os que tomam parte nesse ramo de serviço. Sob as bênçãos de Deus, os jovens obterão habilitação para o serviço na vinha do Senhor. CP 526 1 Há uma obra especial a fazer em favor de nossa juventude, por parte dos que têm posições de responsabilidade nas igrejas locais em todas as Associações. Quando os oficiais de igreja vêem jovens promissores desejosos de se habilitarem para ser úteis no serviço do Senhor, mas cujos pais não os podem enviar à escola, têm um dever a cumprir em estudar os meios de os auxiliar e animar. Devem-se combinar com os pais e os jovens, unindo-se em planos prudentes. Alguns jovens talvez sejam mais próprios para se empenharem em obra missionária local. Há vasto campo de utilidade na distribuição de nossa literatura, e em levar a terceira mensagem a seus amigos e vizinhos. Outros devem ser estimulados a entrar na obra da colportagem, para venderem nossos livros maiores. Alguns talvez possuam aptidões que os tornassem valiosos auxiliares em nossas instituições. CP 526 2 Em muitos casos, fossem jovens promissores sabiamente animados e convenientemente dirigidos, e poderiam ser levados a ganhar sua pensão escolar mediante a venda de Parábolas de Jesus ou A Ciência do Bom Viver. Vendendo esses livros, fariam obra de missionários; pois estariam levando a luz ao alcance do povo do mundo. Ganhariam, ao mesmo tempo, os meios que os habilitariam a freqüentar a escola, continuando a preparar-se para mais ampla utilidade na causa do Senhor. Na escola, receberiam estímulo e inspiração de professores e alunos para prosseguir seu trabalho de vender livros; e, ao chegar o tempo de deixar a escola, teriam recebido experiência que os habilitasse para a difícil, diligente e abnegada obra que deve ser feita em muitos campos estrangeiros, aonde a terceira mensagem angélica deve ser levada sob penosas e difíceis circunstâncias. CP 527 1 Quão melhor é este plano do que fazerem os alunos o curso sem obter educação prática do trabalho no campo natal, e, ao completarem os estudos, saírem com dívidas e bem pouca compreensão das dificuldades que terão de enfrentar em novos e nunca evangelizados campos! Quão duro lhes será enfrentar os problemas financeiros em terras estranhas! E que preocupação terão alguns de suportar até que sejam pagos os compromissos contraídos quando estudantes! CP 527 2 Por outro lado, quanto se lucraria caso fosse seguido o plano da manutenção própria! O aluno ficaria em condições de deixar a instituição de ensino quase ou inteiramente livre de débitos; as finanças da mesma instituição seriam mais prósperas; e as lições aprendidas pelo aluno enquanto passa por essas experiências no campo natal seriam de indizível valor para ele nos campos estrangeiros. CP 527 3 Façam-se planos sábios para ajudar alunos dignos a ganharem suas despesas escolares mediante a venda desses livros, caso o desejem. Os que por esse modo ganham meios suficientes para se manterem durante o curso em uma de nossas escolas missionárias adquirirão valiosa experiência que contribuirá para os habilitar a servirem de pioneiros na obra missionária em outros campos. CP 527 4 Uma grande obra deve ser feita em nosso mundo em pouco tempo, e cumpre-nos aplicar-nos a compreender e apreciar, muito mais do que temos feito nos anos passados, a providência de Deus em pôr em nossas mãos os preciosos volumes de Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver, como um meio de ajudar estudantes dignos a alcançarem suas despesas enquanto se estão preparando, como um meio de liquidar os compromissos de nossas instituições educativas e médicas. CP 528 1 Grandes bênçãos nos estão reservadas, ao disseminarmos esses preciosos livros, a nós dados para promover o progresso da verdade presente. E enquanto trabalhamos em harmonia com o plano do Senhor, verificaremos que muitos consagrados jovens se habilitarão a entrar nas regiões de além-mar como missionários práticos; e ao mesmo tempo as Associações no campo local terão recursos com que contribuir liberalmente para a manutenção da obra empreendida em novo território. 17 de maio de 1908. CP 528 2 A Palavra de Deus deve subsistir em seus próprios e eternos merecimentos; ser aceita como a Palavra de Deus; ser obedecida como Sua voz, que declara ao povo Sua vontade. A vontade e a voz do homem finito não devem ser interpretadas como sendo a voz de Deus. CP 528 3 Os que ensinam a mais solene mensagem que já foi proclamada ao mundo devem disciplinar a mente a fim de compreender-lhe a significação. O tema da redenção suporta o mais concentrado estudo, e suas profundezas jamais serão plenamente exploradas. Não temais esgotar o maravilhoso assunto. Ide à fonte, a fim de vos refrigerardes. Sorvei profundamente da água da salvação, para que Jesus seja em vós uma fonte que salte para a vida eterna. ------------------------Capítulo 77 -- Experiência Animadora CP 529 1 Em uma de nossas escolas de Associação, os professores promoveram um reavivamento no interesse em torno da venda de Parábolas de Jesus. Grupos de alunos, depois de estudarem o livro com oração, visitaram uma grande cidade próxima à escola, em companhia dos mesmos professores, obtendo uma experiência sadia e sólida que eles prezam mais que prata ou ouro. Essa espécie de trabalho é, na verdade, um dos meios ordenados por Deus para comunicar a nossos jovens certa experiência missionária; e os que negligenciam aproveitar-se dessas oportunidades, perdem em sua vida um capítulo do mais alto valor quanto à experiência. Entrando de coração nessa obra, os alunos podem aprender a aproximar-se com tato e discrição de homens e mulheres em todas as posições; a tratar com eles cortesmente, e a levá-los a considerar favoravelmente as verdades encerradas nos livros vendidos. CP 529 2 Estudantes, vossa voz, influência e tempo são, todos eles, dons de Deus, e devem ser empregados em ganhar almas para Cristo. À medida que professores e alunos se empenharem de coração na venda de Parábolas de Jesus, adquirirão experiência que os tornará aptos a fazer proveitoso serviço em ligação com as reuniões campais. Por meio das instruções que eles podem dar aos crentes que a elas concorrem, e da venda de muitos livros nos lugares em que se efetuam tais reuniões, os que estiveram na escola serão capazes de fazer sua parte em atingir as multidões necessitadas de ouvir a terceira mensagem angélica. Que professores e alunos assumam sua parte da responsabilidade de mostrar a nosso povo a maneira de comunicar a mensagem a seus amigos e vizinhos. CP 530 1 Quando seguimos planos delineados pelo Senhor, somos "coobreiros de Deus". Seja qual for nossa posição - presidente de Associação, pastor, professor, aluno ou membro leigo - somos considerados responsáveis pelo Senhor quanto a aproveitar ao máximo nossas oportunidades para iluminar os que estão em necessidade da verdade presente. E um dos principais instrumentos indicados por Ele, para nosso uso, é a página impressa. Em nossas escolas e hospitais, em nossas igrejas locais, e particularmente em nossas anuais reuniões campais, precisamos aprender a empregar sabiamente esse precioso instrumento. Com paciente diligência, escolhidos obreiros devem instruir nosso povo quanto à maneira de aproximar-nos dos incrédulos, de modo bondoso e cativante, e colocar-lhes nas mãos a literatura em que é apresentada, com clareza e poder, a verdade para este tempo. CP 530 2 Só com o auxílio daquele Espírito que, no princípio "Se movia sobre a face das águas" (Gn 1:2); daquela Palavra pela qual "todas as coisas foram feitas" (Jo 1:3); daquela "Luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (Jo 1:9), pode ser devidamente interpretado o testemunho da ciência. Só por essa guia as mais profundas verdades da mesma ciência podem ser discernidas. Só sob a direção do Onisciente havemos de ser habilitados, no estudo de Suas obras, a pensar em harmonia com os Seus pensamentos. ------------------------Capítulo 78 -- Educação Missionária CP 531 1 Na obra de salvar almas, reúne o Senhor obreiros com planos e idéias diferentes, bem como diversos nos métodos de trabalho. Com essa diversidade de mentes, porém, deve-se revelar unidade de desígnio. Muitas vezes, no passado, a obra que o Senhor destinara a prosperar foi prejudicada devido a homens procurarem pôr um jugo sobre os coobreiros que não seguiam os métodos que eles julgavam ser os melhores. CP 531 2 Não se pode apresentar modelo exato para o estabelecimento de escolas em novos campos. O clima, o ambiente, as condições do país e os meios de que se dispõe para o trabalho, tudo deve influir na modelação da obra. As bênçãos de uma completa educação produzirão êxito na obra missionária cristã. Por seu intermédio, almas se converterão à verdade. CP 531 3 "Vós sois a luz do mundo", declara Cristo. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus" (Mt 5:14, 16). A obra de Deus na Terra, nestes últimos dias, deve refletir a luz que Cristo trouxe ao mundo. Esta luz deve dissipar a densa escuridão dos séculos. Homens e mulheres imersos em trevas pagãs devem ser alcançados por aqueles que, uma vez, se achavam em condições idênticas de ignorância, mas que receberam o conhecimento da verdade da Palavra de Deus. Essas nações pagãs aceitarão ansiosamente as instruções que lhes forem dadas acerca de Deus. CP 532 1 Mui preciosa é a Deus Sua obra na Terra. Cristo e os anjos celestes estão-na observando a todo instante. À medida que nos aproximarmos da vinda de Cristo, mais e mais serviço missionário há de ocupar nossos esforços. A mensagem do renovador poder da graça de Deus será levada a todo país e clima, até que a verdade circunde o mundo. Entre os que hão de ser assinalados, encontrar-se-ão pessoas vindas de toda nação e tribo e língua e povo. De todo país serão recolhidos homens e mulheres que se acharão perante o trono de Deus e perante o Cordeiro, clamando: "Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro" (Ap 7:10). Antes, porém, que esta obra se possa efetuar, cumpre-nos experimentar aqui em nossa própria pátria a operação do Espírito Santo sobre os corações. Não Seguir Planos Mundanos CP 532 2 Deus me tem revelado que estamos em positivo risco de introduzir em nossa obra educativa os costumes e modas dominantes nas escolas do mundo. Caso os professores não estejam vigilantes, porão ao pescoço dos alunos jugos mundanos em lugar do jugo de Cristo. O plano das escolas que havemos de estabelecer nesses anos finais da mensagem deve ser de ordem inteiramente diversa das que temos instituído. CP 532 3 Por essa razão Deus nos manda estabelecer escolas afastadas das cidades, onde, sem impedimentos ou entraves, possamos levar avante a educação dos estudantes segundo planos afinados com a solene mensagem a nós confiada, para dar ao mundo. Uma educação assim pode melhor ser levada a cabo onde haja terra para cultivar, e onde o exercício físico feito pelos alunos pode ser de natureza a desempenhar valiosa parte na formação de seu caráter, e a habilitá-los para a utilidade nos campos a que tenham de ir. CP 533 1 Deus abençoará as escolas dirigidas segundo o Seu desígnio. Quando trabalhávamos para estabelecer a obra educativa na Austrália, o Senhor revelou-nos que essa escola não se devia modelar segundo qualquer outra estabelecida no passado. Devia ser uma escola modelo. Foi estabelecida segundo o plano que Deus nos deu, e Ele a tem feito prosperar. Novos Métodos CP 533 2 Foi-me mostrado que em nossa obra educativa não devemos seguir os métodos adotados em nossas escolas antigas. Há entre nós muito apego aos velhos costumes, e por isso nos achamos bem atrás do que devíamos estar no desenvolvimento da terceira mensagem angélica. Como os homens não pudessem compreender o desígnio de Deus nos planos que nos foram expostos quanto à educação de obreiros, seguiram-se em algumas de nossas escolas métodos que mais retardaram do que adiantaram a obra de Deus. Passaram para a eternidade anos de pequenos resultados, quando podiam haver apresentado a realização de uma grande obra. Houvesse a vontade do Senhor sido cumprida pelos obreiros na Terra como o é pelos anjos no Céu, muito do que agora resta por fazer já estaria executado, e ver-se-iam nobres resultados como fruto do esforço missionário. CP 534 1 A utilidade aprendida na fazenda da escola é justamente a educação essencial para os que saem como missionários para muitos campos estrangeiros. Se esse preparo for ministrado tendo em vista a glória de Deus, grandes serão os resultados que haveremos de obter. Obra alguma é mais eficaz do que a realizada pelos que, havendo sido preparados para a vida prática, saem para os campos missionários com a mensagem da verdade, habilitados a instruírem assim como foram instruídos. O conhecimento que obtiveram em lavrar o solo e em outros ramos de trabalho manual, e que levam consigo para o campo de trabalho, torná-los-á uma bênção mesmo em terras pagãs. Special Testimonies, Série B, nº 11, p. 27-30. CP 534 2 O professor não deve separar-se do serviço da igreja. Os que dirigem escolas de igreja e outras maiores devem considerar como privilégio, não somente ensinar na escola, mas levar para a igreja com que se acham ligados os mesmos talentos empregados na escola. Mediante seu trabalho e influência, introduzir-se-á poder na igreja. Eles devem esforçar-se por elevá-la ao mais alto nível. CP 534 3 Acham-se em todas as nossa fileiras rapazes e moças que devem ser preparados para posições de responsabilidade e influência. É necessária a educação, tanto para o cumprimento dos deveres domésticos da vida, como para o êxito em todo campo de utilidade. Sob a direção do Espírito Santo, esses jovens devem ser educados e exercitados de modo que todas as suas energias sejam consagradas ao serviço de Deus. ------------------------Capítulo 79 -- Jovens Portadores de Responsabilidades CP 535 1 "Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno" (1Jo 2:14). CP 535 2 Para que a obra possa avançar em todos os ramos, Deus pede vigor, zelo e coragem dos jovens. Ele escolheu a juventude para ajudar no progresso de Sua causa. Planejar com clareza de espírito e executar com mãos valorosas, exige energias novas e sãs. Os jovens, homens e mulheres, são convidados a consagrar a Deus a força de sua juventude, a fim de que, pelo exercício de suas faculdades, mediante vivacidade de pensamento e vigor de ação, possam glorificá-Lo, a Ele, e levar salvação a seus semelhantes. CP 535 3 Em vista de sua alta vocação, os jovens dentre nós não devem buscar divertimento ou viver para a satisfação egoísta. A salvação de almas tem de ser o motivo que os estimule à ação. Na força que Deus proporciona, têm de elevar-se acima de todo hábito vil e que escraviza. Cumpre-lhes ponderar bem o caminho de seus pés, lembrando-se de que, segundo a direção que eles tomarem, outros seguirão. Ninguém vive para si; todos exercem influência para o bem ou para o mal. Por isso o apóstolo exorta os jovens a serem prudentes. Como podem ser diferentes, ao se lembrarem que têm de ser coobreiros de Cristo, participantes de Sua abnegação e sacrifício, de Sua paciência e delicada benevolência? CP 535 4 Aos jovens de hoje, do mesmo modo que a Timóteo, são dirigidas as palavras: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz" (2Tm 2:15, 22). "Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza" (1Tm 4:12). CP 536 1 Os portadores de responsabilidades entre nós estão sucumbindo pela morte. Muitos dos que se têm destacado em levar avante as reformas instituídas por nós como um povo, acham-se agora para além do meridiano da vida, e declinam em vigor físico e mental. Com o mais profundo interesse se pode fazer a pergunta: Quem preencherá o lugar deles? A quem se podem confiar os interesses vitais da Igreja, quando os atuais porta-estandartes tombarem? Não podemos deixar de volver-nos ansiosamente para a juventude de hoje, como os que têm de assumir esses cargos e sobre quem têm de recair as responsabilidades. Esses devem tomar a obra onde os outros a deixarem, e sua conduta determinará se há de predominar a moralidade, a religião e a piedade vital, ou se a imoralidade e a infidelidade hão de corromper e destruir tudo que é valioso. CP 536 2 Aos mais velhos cumpre, por preceito e por exemplo, educar a juventude, atender aos direitos que a sociedade e seu Criador têm sobre eles. Solenes responsabilidades têm de ser postas sobre esses jovens. A questão é: Serão eles capazes de se governar a si mesmos, e avançar na pureza da varonilidade que Deus lhes deu, aborrecendo tudo que cheira a impiedade? CP 536 3 Nunca antes esteve tanta coisa em jogo; nunca houve tão importantes resultados dependendo de uma geração como os que repousam sobre os que aparecem agora no cenário da ação. Nem por um momento deve a juventude pensar que pode ocupar de maneira aceitável qualquer posição de confiança, sem possuir bom caráter. Seria o mesmo que esperarem eles colher uvas dos abrolhos, ou figos dos espinheiros. CP 537 1 Um bom caráter tem de ser edificado tijolo a tijolo. As características que hão de habilitar os jovens a trabalhar com êxito na causa de Deus, podem ser obtidas pelo diligente exercício de suas faculdades, aproveitando toda vantagem que a Providência lhes proporciona, e pondo-se em contato com a Fonte de toda a sabedoria. Não se devem satisfazer com uma baixa norma. O caráter de José e de Daniel são bons modelos a seguir, e na vida do Salvador têm eles um modelo perfeito. CP 537 2 A todos é dada oportunidade de desenvolver o caráter. Todos podem ocupar o lugar que lhes é designado no grande plano de Deus. O Senhor aceitou Samuel já desde a infância, porque seu coração era puro. Ele foi dado a Deus, oferta consagrada, e o Senhor fez dele um veículo de luz. Se a juventude de hoje se consagrar como o fez Samuel, o Senhor a aceitará e a empregará em Sua obra. E lhes será dado dizerem a respeito de sua vida, juntamente com o salmista: "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as Tuas maravilhas" (Sl 71:17). CP 537 3 Em breve, terá a juventude de tomar as responsabilidades que estão agora sobre os obreiros mais idosos. Temos perdido tempo negligenciando proporcionar aos jovens uma educação sólida e prática. A causa de Deus está continuamente progredindo, e devemos obedecer à ordem: Avançai! Necessitam-se de homens e mulheres novos, que não sejam governados por circunstâncias, que andem com Deus, que orem muito e empenhem fervorosos esforços para adquirir toda a luz que possam. CP 537 4 O obreiro de Deus deve desenvolver no mais alto grau as faculdades mentais e morais com que a natureza, o cultivo e a graça de Deus o dotaram; mas seu êxito será proporcional ao grau de consagração e abnegação com que o serviço for feito, de preferência aos dotes naturais ou adquiridos. Fervoroso e constante esforço para adquirir habilitações é uma coisa necessária; mas a menos que Deus coopere com a humanidade, nada de bom se pode realizar. A graça divina, eis o grande elemento do poder salvador; sem ela, todo esforço humano é inútil. CP 538 1 Sempre que o Senhor tem uma obra a ser feita, Ele chama, não somente os oficiais dirigentes, mas todos os obreiros. Ele está atualmente pedindo jovens de ambos os sexos, que sejam fortes e ativos na mente e no corpo. Deseja que tragam para o conflito contra os principados, potestades e exércitos espirituais da maldade nos lugares celestiais as forças sadias de seu cérebro e de seu corpo. Mas eles precisam receber o necessário preparo. Estão-se esforçando por ter entrada na obra alguns jovens, que não têm para ela nenhuma aptidão. Não compreendem que precisam ser ensinados antes de poderem ensinar. Apontam para homens que, com pouco preparo, têm trabalhado com certo êxito. Mas, se esses foram bem-sucedidos, foi porque puseram na obra alma e coração. E quão mais eficientes haviam de ser seus esforços, se eles tivessem recebido primeiramente o devido preparo! CP 538 2 A causa de Deus necessita de homens eficientes. Se a educação e o preparo são considerados essenciais para a vida de negócios, tanto mais essencial é o pleno preparo para a obra de apresentar ao mundo a última mensagem de misericórdia! Esse não pode ser adquirido meramente por se sentar e ouvir pregações. Nossos jovens devem em nossas escolas, ter responsabilidades para com o serviço de Deus. Devem ser inteiramente exercitados por professores de experiência. Devem fazer o melhor emprego possível de seu tempo no estudo, e pôr em prática os conhecimentos adquiridos. Estudo e trabalhos árduos são exigidos para tornar um pastor bem-sucedido, ou dar a um obreiro êxito em qualquer ramo da causa de Deus. Coisa alguma senão constante cultivo há de desenvolver o valor dos dotes que Deus outorgou para sábio aperfeiçoamento. CP 539 1 Grande dano é causado aos nossos jovens com o permitir-se-lhes que preguem quando não têm suficiente conhecimento das Escrituras para apresentarem nossa fé inteligentemente. Alguns que entram no campo não são habilitados nas Escrituras. Também, em outros aspectos, são incompetentes e ineficientes. Não podem ler a Bíblia sem hesitação; pronunciam mal as palavras, misturando-as de maneira que a Palavra de Deus é prejudicada. Os que não sabem ler corretamente devem aprender a fazê-lo, tornar-se aptos a ensinar, antes de tentar pôr-se perante o público. CP 539 2 Os professores em nossas escolas são obrigados a aplicar-se cabalmente aos estudos a fim de se prepararem para instruir a outros. Esses mestres não são aceitos antes de haverem passado por um exame rigoroso, e suas aptidões para ensinar sido provadas por juízes competentes. Não menos cautela se deve ter no exame de pastores; os que estão para entrar na sagrada obra de ensinar a verdade bíblica ao mundo, devem ser cuidadosamente examinados por homens fiéis e experientes. CP 539 3 O ensino em nossas escolas não deve ser como em outros colégios e seminários. Não deve ser de qualidade inferior. O conhecimento essencial para preparar um povo a fim de subsistir no grande dia de Deus tem de tornar-se o tema todo-importante. Os estudantes devem habilitar-se para servir a Deus, não somente nesta vida, mas também na futura. O Senhor requer que nossas escolas habilitem estudantes para o reino a que se destinam. Assim estarão eles preparados para se unir à santa e feliz harmonia dos remidos. CP 540 1 Muitos professores estão em perigo de fazer o seu preparo meramente formal. Há o perigo de que um serviço cerimonial tome o lugar do genuíno serviço de coração. Deste modo a religião se tornará pouco mais do que formalidade. Os estudantes de nossas escolas, os membros de nossas igrejas, precisam de algo mais profundo do que isso. Uma religião meramente intelectual não satisfará o coração. Não deve ser negligenciado o preparo intelectual, mas não é ele suficiente. Aos estudantes deve-se ensinar que estão no mundo para prestarem serviço a Deus. Devem ser ensinados a porem a vontade ao lado da vontade divina. CP 540 2 Que os que foram exercitados para o serviço tomem agora prontamente seu lugar na obra do Senhor. Necessitam-se de homens que trabalhem de casa em casa. O Senhor requer que se façam decididos esforços nos lugares em que o povo nada sabe das verdades bíblicas. Cantar, orar e ler a Bíblia nas casas do povo, é coisa necessária. Nossos dias são exatamente o tempo em que se deve obedecer à comissão: "Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado" (Mt 28:20). Os que fazem essa obra devem ser versados nas Escrituras. "Está escrito", deve ser sua arma de defesa. Deus nos tem dado luz sobre Sua Palavra a fim de que a comuniquemos a nossos semelhantes. A verdade proferida por Cristo há de tocar corações. Um "Assim diz o Senhor", cairá nos ouvidos com poder, e ver-se-á o fruto onde quer que seja feito um serviço sincero. ------------------------Capítulo 80 -- Sociedades Literárias CP 541 1 Surge muitas vezes a pergunta: São as sociedades literárias benéficas a nossa juventude? Para responder devidamente a esta pergunta, cumpre-nos considerar não somente o visado objetivo dessas sociedades, mas a influência que têm na verdade exercido, tal como o demonstra a experiência. O desenvolvimento do espírito é um dever que temos para com nós mesmos, com a sociedade e com Deus. Nunca, porém, devemos imaginar meios de cultivo para o intelecto às custas da moralidade e da espiritualidade. E é unicamente mediante o harmonioso desenvolvimento de ambas as partes - as faculdades mentais e morais - que se pode atingir a mais alta perfeição de cada uma. São esses os resultados conseguidos por meio de sociedades literárias segundo geralmente orientadas? CP 541 2 As sociedades literárias estão exercendo quase mundialmente uma influência contrária àquilo que o nome indica. Como são em geral dirigidas, tornam-se um dano à juventude; pois Satanás se introduz, para imprimir seu cunho às atividades. Tudo quanto torna o homem varonil, e feminil a mulher, é um reflexo do caráter de Cristo. Quanto menos temos de Cristo em tais sociedades, tanto menos possuiremos do elemento que eleva, refina e enobrece, que aí deve predominar. Quando os mundanos dirigem essas reuniões para satisfazer os próprios desejos, é excluído o espírito de Cristo. A mente é desviada das sérias reflexões, de Deus, do que é real e que tem substância, para o imaginário e superficial. Sociedades literárias... quem dera que o nome lhes exprimisse o verdadeiro caráter! Que é a palha em comparação com o trigo? CP 541 3 Os desígnios e objetivos que levam à formação de sociedades literárias podem ser bons; mas, a menos que essas organizações sejam regidas pela sabedoria vinda de Deus, tornar-se-ão um positivo mal. São geralmente admitidas pessoas irreligiosas e cujo coração e vida não são consagrados, sendo muitas vezes colocadas nos lugares de mais responsabilidade. Talvez se adotem regras e regulamentos julgados suficientes para manter à distância qualquer influência perniciosa; mas Satanás, astuto general, está em atividade para moldar a associação de maneira a lhe convir aos planos; e, a seu tempo, é muitas vezes bem-sucedido. O grande adversário encontra fácil acesso àqueles a quem tem dominado anteriormente, realizando por meio deles o seu fito. Vários entretenimentos são introduzidos para tornar interessantes as reuniões, e atrativas para os mundanos, e assim as atividades da chamada sociedade literária degeneram muitas vezes em desmoralizantes representações teatrais e tolices vulgares. Todas essas satisfazem a mente carnal, em inimizade contra Deus; não robustecem, porém, o intelecto, nem consolidam a moral. CP 542 1 A associação dos que temem a Deus, com os incrédulos nessas sociedades, não faz dos pecadores pessoas santas. Quando o povo de Deus se une voluntariamente com os mundanos e não consagrados, dando-lhes a preeminência, serão dEle afastados pela influência não santificada sob que se colocaram. Por um pouco de tempo nada haverá de seriamente objetável, porém as mentes que se não deixarem sujeitar ao domínio do Espírito de Deus, não se entregarão facilmente àquilo que se inspira na verdade ou justiça. Se houvessem tido até então qualquer gosto em coisas espirituais, haver-se-iam colocado nas fileiras de Jesus Cristo. As duas classes são dirigidas por dois diferentes senhores, estando em oposição no que respeita aos desígnios, às esperanças, aos gostos e desejos. Os seguidores de Cristo encontram prazer nos assuntos sóbrios, sensatos, enobrecedores; ao passo que os que não têm amor pelas coisas sagradas não acham prazer nessas reuniões, a menos que o superficial e imaginário constitua feição preeminente do programa. Pouco a pouco o elemento espiritual é excluído pelo irreligioso, e o esforço de harmonizar princípios antagônicos em sua natureza demonstra-se decidido fracasso. CP 543 1 Têm-se feito esforços no intuito de delinear um plano para o estabelecimento de uma sociedade literária, que se demonstre benéfica a todos os membros com ela relacionados - uma sociedade em que todos os membros sintam a responsabilidade moral de torná-la o que ela deve ser, e de evitar os males que tornam tantas vezes essas associações perigosas aos princípios religiosos. Pessoas discretas e de bom discernimento, que mantêm viva comunhão com o Céu, as quais, vendo as más tendências, e, não iludidas por Satanás, avançarão no caminho da integridade, erguendo continuamente a bandeira de Cristo - eis as pessoas necessárias à testa de tais sociedades. Tal influência imporá respeito, e tornará essas reuniões uma bênção em lugar de maldição. CP 543 2 Se homens e mulheres de idade madura se unissem aos jovens para organizar e dirigir uma sociedade literária, esta se poderia tornar tão útil quão interessante. Quando, porém, tais reuniões degeneram em ocasiões de brincadeira e ruidosas risadas, são tudo, menos literárias e próprias para elevar. Antes rebaixam tanto ao espírito como à moral. CP 543 3 A leitura da Bíblia, o exame crítico de seus temas, ensaios escritos sobre tópicos capazes de desenvolver a mente e comunicar conhecimento, o estudo das profecias ou das preciosas lições do Salvador - isso será de efeito revigorador sobre as faculdades mentais e aumentará a espiritualidade. A familiarização com as Escrituras aguça o discernimento, fortificando a alma contra os ataques de Satanás. CP 544 1 Poucos compreendem ser um dever exercer domínio sobre os pensamentos e imaginações. É difícil manter a mente indisciplinada fixa em assuntos proveitosos. Se, porém, os pensamentos não forem devidamente empregados, a religião não pode florescer na alma. O espírito deve preocupar-se com as coisas sagradas e eternas, ou, do contrário, há de nutrir pensamentos frívolos e superficiais. Tanto as faculdades intelectuais como as morais devem ser disciplinadas, e pelo exercício hão de se revigorar e aumentar. CP 544 2 A fim de entender direito esta questão, cumpre-nos lembrar que nosso coração é naturalmente depravado, e somos incapazes, por nós mesmos, de seguir uma reta direção. É unicamente pela graça de Deus, aliada ao mais fervoroso esforço de nossa parte, que nos é possível obter a vitória. CP 544 3 O intelecto, do mesmo modo que o coração, deve ser consagrado ao serviço de Deus. Ele tem direito a tudo quanto há em nós. Por inocente e louvável que lhe pareça, o seguidor de Cristo não deve condescender com qualquer satisfação, nem meter-se em qualquer empreendimento, que uma esclarecida consciência mostre que lhe viria enfraquecer o ardor e diminuir a espiritualidade. Todo cristão deve trabalhar para repelir a onda de mal, e salvar nossa juventude das influências que a arrastariam à ruína. Deus nos ajude a forçar nosso caminho contra a corrente. ------------------------Capítulo 81 -- A Obra Missionária dos Alunos CP 545 1 Não basta encher a mente dos jovens com lições de profunda importância; eles devem aprender a comunicar o que receberam. Seja qual for a posição ou os bens de um indivíduo que possua conhecimento da verdade, a Palavra de Deus lhe ensina que, de tudo quanto tenha, ele é apenas depositário. Isso lhe é emprestado a fim de provar-lhe o caráter. Seus negócios temporais, talentos, recursos, oportunidades de serviço, tudo deve ser creditado Àquele a quem, pela criação e redenção, ele próprio pertence. Deus nos concede Seus dons a fim de servirmos aos outros, tornando-nos, assim, semelhantes a Ele. Aquele que se esforça por obter conhecimento para poder trabalhar em prol dos ignorantes e dos que se acham a perecer está desempenhando sua parte no cumprimento do grande desígnio de Deus para com a humanidade. No serviço desinteressado em benefício dos outros, está ele satisfazendo o elevado ideal da educação cristã. CP 545 2 Entre os alunos de nossas escolas, há pessoas dotadas de preciosos talentos, e esses talentos devem elas ser ensinadas as pôr em uso. Nossas escolas devem ser dirigidas de maneira que os alunos se tornem mais e mais eficientes. Usando fielmente aquilo que aprenderam, eles crescerão em capacidade de empregar seus conhecimentos. CP 545 3 Para sua completa educação é necessário que se dê aos alunos tempo para fazer trabalho missionário - tempo para se relacionarem com as necessidades espirituais das famílias da vizinhança. Não devem ficar tão sobrecarregados de estudos, que não tenham tempo de empregar o conhecimento adquirido. Sejam animados a fazer diligente trabalho missionário em favor dos que estão no erro, relacionando-se com eles, e levando-lhes a verdade. Trabalhando com humildade, buscando sabedoria de Cristo, orando e vigiando em oração, poderão dar a outros o conhecimento que lhes enriqueceu a própria vida. CP 546 1 Os professores e alunos em nossas escolas precisam do toque divino. Deus pode fazer por eles muito mais do que tem feito, em razão de, no passado, haver Seu caminho sido restringido. Caso seja animado o espírito missionário, mesmo que isso tome algumas horas do programa regular de estudo, serão derramadas muitas das bênçãos celestes, uma vez que haja mais fé e zelo espiritual, mais da compreensão do que Deus há de fazer. CP 546 2 Há muitos ramos em que os jovens podem encontrar oportunidade para útil esforço. Devem organizar-se e educar-se cabalmente grupos para trabalhar como enfermeiros, visitadores evangélicos, obreiros bíblicos, colportores, pastores e evangelistas médico-missionários. CP 546 3 Quando se encerram as aulas, há oportunidade para muitos irem para o campo como colportores-evangelistas. O fiel colportor encontra entrada em muitos lares, nos quais deixa leitura contendo a verdade para os dias atuais. Os alunos devem aprender a vender nossos livros. Há necessidade de homens de profunda experiência cristã, de espírito equilibrado, fortes e bem-educados homens para se empenharem neste ramo da obra. Alguns há que possuem o talento, a educação e experiência que os habilitariam a preparar jovens para a obra da colportagem, de maneira que se efetuaria muito mais do que agora. Os que são possuidores desses dotes têm um dever especial a cumprir em ensinar outros. CP 547 1 A obra da colportagem é um dos meios indicados por Deus para a propagação do conhecimento da verdade presente. O esforço feito em algumas escolas para pôr em circulação o Parábolas de Jesus tem demonstrado o que pode ser conseguido no campo da colportagem por parte dos estudantes. O Senhor tem abençoado os esforços realizados para aliviar nossas escolas de dívidas, e os que se empenharam nesse trabalho têm obtido excelente experiência. Ao empreenderem desinteressadamente tal obra, grandes foram as bênçãos que lhes advieram. Muitos aprenderam assim a colportar com nossos livros maiores. CP 547 2 Sempre que for possível, os alunos devem, durante o ano escolar, tomar parte em obra missionária na cidade. Devem fazer esse trabalho nas vilas e povoações vizinhas. Devem organizar-se em grupos para efetuar obra de auxílio cristão. Os alunos devem obter ampla visão de suas presentes obrigações para com Deus. Não devem aguardar uma época, depois do termo escolar, quando venham a fazer uma grande obra para o Senhor, mas estudar a maneira por que, durante a vida estudantil, tomem com Cristo o jugo em abnegado serviço pelos outros. CP 547 3 Há poder no ministério do cântico. Os alunos que aprenderam a cantar com melodia e clareza, suaves hinos evangélicos, podem atuar muito bem como cantores evangelistas. Encontrarão muitas oportunidades de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e raios de luz a muitos solitários lugares entenebrecidos pela tristeza e aflição, cantando para pessoas que raramente têm o privilégio de ir à igreja. CP 548 1 Estudantes, ide pelos caminhos e atalhos. Esforçai-vos por chegar em contato com as classes mais elevadas, bem como com as mais humildes. Entrai nas casas dos ricos e nas dos pobres, e, quando se vos ofereça ocasião, perguntai: "Acaso os senhores gostariam de ouvir cantar alguns hinos de louvor a Deus?" Então, quando os corações se acham sensibilizados, talvez se abra caminho para proferirdes algumas palavras de oração pedindo as bênçãos de Deus. Não serão muitos os que se recusam a ouvir. Tal ministério é genuína obra missionária. CP 548 2 Estudantes, educai-vos em falar a linguagem de Canaã. Ponde de lado todo falar leviano e os gracejos, todos os vãos divertimentos. Apoderai-vos, pela fé, das promessas de Deus, e decidi ser cristãos aqui em baixo, enquanto vos preparais para a trasladação. Se vos desvencilhardes de todo entrave ao progresso na vida cristã, vossa mente será atuada pelo Espírito Santo, e tornar-vos-eis pescadores de homens. De vós irradiará a salvação de Deus como a luz de uma lâmpada a arder. Se tiverdes o próprio coração cheio da luz do alto, onde estiverdes espargireis luz sobre os outros. Ele vos abençoará em vosso trabalho, e vereis Sua salvação. CP 548 3 O terceiro anjo foi visto voando no meio do céu, proclamando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A mensagem não perde nada de seu poder em seu vôo progressivo. João viu a obra aumentando até que toda a Terra foi cheia da glória de Deus. Com zelo e energia intensificados devemos nós levar avante a obra do Senhor até ao fim do tempo. CP 548 4 No lar, na escola, na igreja, homens, mulheres e jovens se devem preparar para anunciar a mensagem ao mundo. Nossas escolas devem ser, do ponto de vista humano, mais e mais eficazes e confiantes em si mesmas, mais semelhantes às escolas dos profetas. Os professores devem andar bem perto de Deus. O Senhor chama rapazes e moças fortes, consagrados e prontos a se sacrificarem, que avancem e que, depois de breve tempo passado na escola, saiam preparados a levar a mensagem ao mundo. CP 549 1 De nossos colégios e escolas missionárias, devem missionários ser enviados a terras distantes. Enquanto na escola, aproveitem os alunos toda oportunidade de se preparar para essa obra. Aí devem eles ser experimentados e provados de modo que se verifique seu grau de adaptabilidade, e se têm no alto sua firmeza. Caso tenham viva ligação com o céu, exercerão benéfica influência naqueles com quem se puserem em contato. Valiosa Experiência CP 549 2 No tempo em que nos achávamos em Cooranbong, onde se acha situada a escola de Avondale, surgiu à consideração a questão das diversões. "Que faremos para prover distração aos alunos?" indagou o corpo docente. Discutimos juntos o assunto, e pus-me então diante dos estudantes dizendo: CP 549 3 "Podemos ocupar a mente e o tempo proveitosamente, sem tentar procurar meios de nos divertirmos a nós mesmos. Em vez de gastar tempo com os jogos em que tantos alunos se divertem, esforçai-vos por fazer alguma coisa para o Mestre. CP 549 4 "A melhor direção que tendes a seguir é empenhar-vos em trabalho missionário pelo povo da vizinhança, e nas povoações vizinhas. Sempre que estiverdes ouvindo um discurso interessante, tomai notas, e marcai as passagens empregadas pelo pastor, de maneira a poderdes recapitular cuidadosamente o assunto. Então, depois de fiel estudo, achar-vos-eis, em breve, apto a apresentar uma resenha dos discursos, em forma de estudos bíblicos, a alguém que não freqüente nossas reuniões." CP 550 1 Os alunos de mais idade resolveram seguir esta sugestão. Tinham reuniões à noite a fim de estudar juntos as Escrituras. Trabalharam antes de tudo uns pelos outros e, em resultado dos estudos da Bíblia, feitos entre eles mesmos, uma porção de não-convertidos foram ganhos para a verdade. E o esforço em prol dos vizinhos foi uma bênção, não somente para eles próprios, mas também para aqueles por quem trabalharam. CP 550 2 Os que saíram a trabalhar pelos vizinhos receberam instruções para relatar todos os casos de doenças que encontrassem; e os que se haviam preparado em fazer tratamentos nos doentes foram animados a empregar o conhecimento adquirido de maneira prática. O trabalho para o Mestre chegou a ser considerado como recreação cristã. CP 550 3 Algum tempo depois surgiu à consideração a questão do trabalho no domingo. Parecia que as restrições se iam em breve apertar tanto em torno de nós, que não nos seria possível trabalhar aos domingos. Nossa escola estava localizada no coração das matas, longe de qualquer vila ou estação de estrada de ferro. Ninguém vivia tão próximo que fosse perturbado por qualquer coisa que fizéssemos. Éramos, entretanto, observados. Os oficiais [do governo] foram instigados a observar o que estávamos fazendo nos terrenos da escola; e foram, mas pareceram não notar os que estavam trabalhando. Sua confiança e respeito tinham sido de tal modo conquistados para nosso povo em virtude da obra que tínhamos feito pelos doentes naquela comunidade, que não desejavam interferir com o inofensivo trabalho que fazíamos no domingo. CP 551 1 De outra vez, quando os irmãos estavam ameaçados de perseguição, e indagavam o que deveriam fazer, dei o mesmo conselho que havia dado a respeito do emprego do domingo para jogos. Disse: "Empregai o domingo em fazer obra missionária para Deus. Professores, ide com os vossos alunos. Levai-os às casas de família, por perto e por longe, e ensinai-os a falar de modo a ser um benefício. Saiba o povo que vos achais interessados na sua salvação. As bênçãos de Deus repousaram sobre os alunos, à medida que eles buscavam diligentemente as Escrituras a fim de saber apresentar as verdades da Palavra de maneira a serem as mesmas recebidas com prazer. CP 551 2 Consagrem os professores de nossas escolas o domingo a trabalhos missionários. Levem eles consigo os alunos a celebrar reuniões pelos que não conhecem a verdade. O domingo pode ser empregado para levar avante vários ramos de serviço que muito efetuarão pelo Senhor. Pode-se fazer nesse dia trabalho de casa em casa, bem como reuniões ao ar livre e em residências particulares. Tornai muito interessantes essas reuniões. Cantai hinos de genuíno reavivamento, e falai com poder e certeza do amor do Salvador. Falai da temperança e da verdadeira experiência religiosa. Muito haveis de aprender assim quanto ao modo de trabalhar, e atingireis a muitos corações. CP 551 3 Os alunos que tiram da vida o máximo bem são os que vivem pela Palavra de Deus em seu trato e ligação com os semelhantes. Os que recebem para dar experimentam na vida a suprema satisfação. Os que vivem para si mesmos estão sempre carecidos, pois nunca se sentem satisfeitos. Não há cristianismo em encerrar os ternos e compassivos sentimentos em nosso coração egoísta. O Senhor tem designado condutos mediante os quais deixa fluir Sua bondade, misericórdia e verdade; e cumpre-nos ser coobreiros de Cristo em comunicar a outros sabedoria prática e beneficência. Cabe-nos levar luz e bênção a sua vida, efetuando assim uma boa e santa obra. Útil Esforço na Escola CP 552 1 O aluno tem uma obra especial a realizar na própria escola. Na sala de aulas e nos dormitórios, há campos missionários aguardando seus serviços. Aí se reúnem uma diversidade de espíritos, muitos caracteres e disposições diferentes. Demonstrando-se um auxílio e uma bênção para eles, o aluno tem o privilégio de mostrar a genuinidade de seu amor para com Cristo, e a boa vontade que tem de aproveitar as ocasiões de servir, que se lhe oferecem. Por meio de úteis e bondosas palavras e atos, é-lhe dado comunicar àqueles com quem convive a graça a ele concedida por Deus. CP 552 2 Deus quer que os jovens sejam de auxílio uns aos outros. Cada um tem provas a sofrer, tentações a enfrentar. Enquanto um talvez seja forte em alguns pontos, pode ser fraco em outros, tendo graves faltas a vencer. Deus diz a todos: "Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo" (Gl 6:2). CP 552 3 Nem todos os jovens são capazes de apreender prontamente as idéias. Se vedes um colega em dificuldade no estudo das lições, explicai-as. Exponde vossas idéias em linguagem simples e clara. Muitas vezes cérebros, aparentemente lerdos, apanharão mais facilmente idéias expostas por um colega do que por um professor. Sede pacientes e perseverantes e, pouco a pouco, a hesitação e lerdeza mentais desaparecerão. No esforço de ajudar a outros, sereis vós mesmos ajudados. Deus vos dará capacidade para avançardes nos estudos. Cooperará convosco, e no Céu ser-vos-ão dirigidas as palavras: "Bom e fiel servo." CP 553 1 Compreenda cada aluno que se acha na escola a fim de ajudar seus colegas a cooperarem com Deus, a cooperarem com as orações que estão ascendendo em seu favor. Em simpatia e amor deve ele ajudar os companheiros a avançar em direção ao Céu. CP 553 2 Alunos, cooperai com vossos professores. Assim fazendo lhes inspirais esperança e ânimo, ao mesmo tempo que vos ajudais a vós mesmos a progredir. Lembrai-vos de que depende muito de vós o ocuparem vossos professores vantajosa posição, e ser sua obra reconhecida como verdadeiro êxito. Eles apreciarão todo esforço que façais para cooperar com seu trabalho. CP 553 3 Os alunos devem ter seus próprios períodos de oração, nos quais orem fervorosamente pelo diretor e professores da escola a fim de lhes serem concedidas resistência física, clareza mental, força moral e discernimento espiritual e, pela graça de Cristo, serem habilitados a fazer o trabalho com fidelidade e fervente amor. Devem orar para que os professores sejam instrumentos pelos quais Deus opere para fazer com que o bem prevaleça sobre o mal. Todos os dias pode o aluno exercer silenciosa influência com oração, cooperando assim com Cristo, o Missionário-Chefe. CP 554 1 Encontramo-nos muito atrás do que deveríamos estar na experiência cristã. Estamos atrasados no dar o testemunho que devia ser dado por meio de lábios santificados. Mesmo quando sentado à mesa das refeições, Cristo ensinava verdades que levavam conforto e ânimo ao coração dos ouvintes. Quando Seu amor habita no coração como um princípio vivo, do tesouro desse coração fluirão palavras adequadas; não leves e frívolas, mas palavras que elevam, palavras de poder espiritual. CP 554 2 Estejam os professores e os alunos atentos às oportunidades de confessar a Cristo em sua conversação. Tal testemunho será mais eficaz que muitos sermões. Poucos há que representem realmente a Cristo. Necessário é que Ele seja formado no interior, a esperança da glória; então será reconhecido como o doador de toda boa dádiva e todo dom perfeito, autor de todas as nossas bênçãos, Aquele em quem se concentra nossa esperança de vida eterna. CP 554 3 Alunos, tornai a mais perfeita possível vossa vida escolar. Não passareis por esse caminho senão uma vez, e preciosas são as oportunidades que se vos oferecem. Não vos cabe apenas aprender, mas praticar as lições de Cristo. Enquanto vos estais educando, tendes oportunidade de falar das maravilhosas verdades da Palavra de Deus. Aproveitai todas as ocasiões. Deus abençoará cada minuto passado dessa maneira. Mantende vossa simplicidade, e vosso amor pelas almas, e o Senhor vos conduzirá por seguros trilhos. A rica experiência que haveis de adquirir será mais valiosa para vós do que ouro e prata ou pedras preciosas. CP 554 4 Não sabeis a que posição podeis ser chamados no futuro. Deus Se poderá servir de vós, como fez com Daniel, para levar o conhecimento da verdade aos poderosos da Terra. Cabe-vos a vós o decidir se haveis de possuir aptidão e conhecimento para efetuar essa obra. Deus vos pode dar capacidade em todos os vossos estudos. Pode ajudar-vos a vos adaptardes ao ramo de estudo que empreendeis. Fazei o primeiro interesse de vossa vida o reunir princípios retos, nobres e elevados. Deus deseja que testifiqueis dEle. Não quer que fiqueis silenciosos; quer que sigais o caminho de Seus mandamentos. CP 555 1 Cristo deseja empregar todo aluno como instrumento Seu. Cumpre-vos cooperar com Aquele que deu a vida por vós. Que ricas bênçãos adviriam a nossas escolas, caso professores e alunos consagrassem coração, entendimento, alma e forças ao trabalho de Deus, servindo-Lhe de mão auxiliadora! Sua mão auxiliadora - eis o que vos é possível ser, se vos entregardes a Sua guarda. Ele vos conduzirá a salvo, habilitando-vos a fazer retos caminhos para vós e para outros. Ele vos dará conhecimento e sabedoria, bem como aptidão para mais amplo serviço. CP 555 2 Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo! Quão depressa poderia vir o fim - o fim do sofrimento, tristeza e pecado! Quão depressa, em lugar desta possessão aqui, com sua mancha de pecado e dor, poderiam nossos filhos receber a sua herança onde "os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre" (Sl 37:29); onde "morador nenhum dirá: Enfermo estou" (Is 33:24), e "nunca mais se ouvirá nela voz de choro"! Is 65:19. Educação, p. 271. ------------------------Conselhos sobre o Regime Alimentar CRA 5 1 Prefácio CRA 15 1 Capítulo 1 -- Razões para reforma CRA 43 1 Capítulo 2 -- Regime e espiritualidade CRA 69 1 Capítulo 3 -- A reforma de saúde e a mensagem do terceiro anjo CRA 81 1 Capítulo 4 -- Regime alimentar apropriado CRA 101 1 Capítulo 5 -- Fisiologia da digestão CRA 117 1 Capítulo 6 -- Alimentação imprópria, causa de doenças CRA 131 1 Capítulo 7 -- O comer em demasia CRA 145 1 Capítulo 8 -- Controle do apetite CRA 173 1 Capítulo 9 -- Regularidade no comer CRA 185 1 Capítulo 10 -- O jejum CRA 195 1 Capítulo 11 -- Extremos no regime alimentar CRA 217 1 Capítulo 12 -- O regime durante a gravidez CRA 225 1 Capítulo 13 -- A dieta infantil CRA 251 1 Capítulo 14 -- Arte de cozinhar saudável CRA 267 1 Capítulo 15 -- Alimentos saudáveis e restaurantes vegetarianos CRA 281 1 Capítulo 16 -- Regime dietético nos sanatórios CRA 301 1 Capítulo 17 -- A dietética como remédio racional CRA 309 1 Capítulo 18 -- Frutas, cereais e verduras CRA 327 1 Capítulo 19 -- Sobremesas CRA 339 1 Capítulo 20 -- Condimentos, etc. CRA 349 1 Capítulo 21 -- Gorduras CRA 363 1 Capítulo 22 -- Proteínas CRA 373 1 Capítulo 23 -- Carnes (continuação de proteínas) CRA 419 1 Capítulo 24 -- Bebidas CRA 441 1 Capítulo 25 -- Ensinando princípios saudáveis CRA 481 1 Apêndice 1 -- Experiência pessoal de Ellen G. White como reformadora de saúde CRA 495 1 Apêndice 2 -- Uma declaração de Tiago White quanto ao ensino da reforma de saúde ------------------------Prefácio CRA 5 1 Décadas antes que os fisiologistas estivessem de forma geral preocupados com a relação existente entre regime alimentar e saúde, a Sra. Ellen G. White, em seus escritos das visões que lhe foram concedidas em 1863, apontou com clareza a conexão entre o alimento que ingerimos e nosso bem-estar físico e espiritual. Em suas palestras e escritos através de sucessivos anos, o regime dietético foi um assunto sobre o qual ela muitas vezes se demorou. Esses conselhos, preservados em panfletos e livros, em artigos nos jornais da denominação e em testemunhos pessoais, têm exercido influência fortemente modeladora nos hábitos dietéticos dos adventistas do sétimo dia e deixado alguma impressão no público em geral. CRA 5 2 Em virtude de apenas parte desses conselhos em todos os detalhes estar correntemente disponível para o estudante e o obreiro pesquisador, uma compilação dessas primitivas afirmações, juntamente com o que se continha nos livros correntes de Ellen G. White, foi publicada em 1926 numa brochura intitulada Testimonies Studies on Diet and Foods. Esses conselhos do Espírito de Profecia com respeito a alimentos e uma saudável dieta foram compilados de início como um livro de texto para os estudantes de medicina dietética de Loma Linda, Califórnia. A edição inicial foi logo esgotada, ao ser o volume reclamado não apenas por esses estudantes mas também pelas fileiras generalizadas dos adventistas do sétimo dia. CRA 5 3 O vasto interesse manifestado por esses ensinamentos levaram aos arranjos para uma edição nova e ampliada em 1938, para distribuição geral. O manuscrito para o novo livro, Counsels on Diet and Foods, foi compilado sob a direção dos depositários dos escritos de Ellen G. White, tendo o trabalho sido feito em seu escritório, onde todos os escritos de Ellen G. White, publicados e inéditos, são encontrados. Tão entusiástico foi o acolhimento a este volume que num breve espaço de oito anos foram feitas quatro impressões. O livro aparece agora numa terceira edição em composição nova, mas com o texto inalterado. Neste tamanho mais conveniente e forma popular será ele amplamente bem recebido. CRA 6 1 Esforçou-se por incluir neste volume toda a instrução saída da pena da Sra. White sobre o assunto de alimentação e dietética. Embora as limitações de espaço e o desejo de evitar repetições de conselhos tenham desaconselhado a apresentação de toda e qualquer afirmação nas fases mais gerais da questão, foi feita uma apresentação completa e compreensiva. CRA 6 2 Cada seção desta compilação é um tratado completo sobre o assunto em foco. Não raro diferentes fases da instrução sobre saúde são tratadas juntamente num parágrafo. Dando-se assim o contexto acumula-se certa porção de repetição direta e mais ou menos repetição de pensamento. Graças ao uso de referências a repetição direta é suavizada. CRA 6 3 Cada passagem incluída neste livro, seja ela tirada das fontes publicadas dos escritos de Ellen G. White, incluindo-se os primeiros livros, panfletos e artigos em periódicos, quer tirada de seus manuscritos, traz a fonte de onde foi selecionada ou a data do escrito. CRA 6 4 As afirmações enquadradas neste volume foram escritas, muitas delas, num tempo em que a ignorância prevalecia no setor dietético e quando a reforma era impopular. Tem sido uma satisfação testemunhar, com o evoluir da marcha do estudo científico, a plena substancialidade de grandes princípios e mesmo pontos minudentes de instrução que através dos anos têm vindo aos adventistas do sétimo dia como verdades reveladas por Deus. Toda a instrução, como um grande todo, consistente e bem equilibrado, deve ser estudada com a mente aberta. Assim será evitada a aceitação de pontos de vista extremos ou radicais baseados numa simples passagem, isolada do seu contexto ou da afirmação correlata do mesmo assunto. CRA 6 5 Que os conselhos deste volume contribuam para mais compreensivo conhecimento e mais profundo respeito em relação à grande mensagem a nós confiada, é nosso sincero desejo. Os Depositários das Publicações de Ellen G. White ------------------------Capítulo 1 -- Razões para reforma Para glória de Deus CRA 15 1 1. A vida é-nos concedida apenas como um empréstimo; e a indagação de cada um devia ser: "Como poderei investir os meus talentos com o melhor proveito? Como poderei fazer o máximo para a glória de Deus e o benefício de meus semelhantes?" Pois a vida só tem valor se usada para a conquista desses objetivos. CRA 15 2 Nosso primeiro dever para com Deus e nossos semelhantes é o do desenvolvimento próprio. Cada faculdade com que o Criador nos dotou deve ser cultivada ao máximo grau da perfeição, a fim de podermos fazer a maior porção de bem de que formos capazes. Logo é bem empregado o tempo que se usa no estabelecer e preservar a saúde física e mental. Não podemos permitir que definhe ou invalide qualquer função do corpo ou da mente. É indubitável que ao fazermos isto sofreremos as conseqüências. Escolha de vida ou morte CRA 15 3 Todo homem tem, em grande medida, a oportunidade de fazer de si mesmo aquilo que escolher ser. As bênçãos desta vida, bem como do estado imortal, estão ao seu alcance. Ele pode edificar um caráter de sólido valor, ganhando nova força a cada passo. Pode avançar diariamente em conhecimento e sabedoria, cônscio de novas luzes ao progredir, acrescentando virtude a virtude, graça a graça. Suas faculdades melhorarão com o uso; quanto mais sabedoria alcança, maior será sua capacidade de conquista. Sua inteligência, conhecimento e virtude, desenvolver-se-ão assim com maior força e mais perfeita simetria. CRA 15 4 Por outro lado, pode ele permitir que suas faculdades se embotem por falta de uso, ou se pervertam por maus hábitos, por falta de domínio próprio ou de resistência moral. O curso de sua vida então se inclina para baixo; ele se torna desobediente à lei de Deus e às leis da saúde. O apetite conquista-o; a inclinação o conduz; torna-se-lhe mais fácil permitir que os poderes do mal, sempre ativos, o arrastem, do que lutar contra eles, indo avante. Seguem-se dissipação, enfermidade e morte. Esta é a história de muitas vidas que podiam ter sido úteis à causa de Deus e à humanidade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 41, 42 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 107, 108. A busca da perfeição CRA 16 1 2. Deus deseja que alcancemos a norma de perfeição que o dom de Cristo nos tornou possível. Ele nos convida a fazer nossa escolha do direito, para nos ligarmos com os instrumentos celestes, adotarmos princípios que hão de restaurar em nós a imagem divina. Na palavra escrita e no grande livro da Natureza, Ele revelou os princípios da vida. É nossa obra obter conhecimento destes princípios e, pela obediência, cooperar com Ele na restauração da saúde do corpo bem como da alma. -- A Ciência do Bom Viver, 114, 115 (1905). CRA 16 2 3. O organismo vivo é propriedade de Deus. A Ele pertence pela criação e pela redenção; e pelo mau uso de qualquer de nossas faculdades roubamos a Deus da honra que Lhe é devida. -- Carta 73a, 1896. Uma questão de obediência CRA 16 3 4. A obrigação que temos de nos apresentar a Deus limpos, puros, saudáveis, não é compreendida. -- Manuscrito 49, 1897. CRA 16 4 5. A falta de cuidado pela maquinaria viva é um insulto ao Criador. Há regras divinamente indicadas que se observadas livrariam os seres humanos de enfermidades e morte prematura. -- Carta 120, 1901. CRA 16 5 6. Uma das razões por que não desfrutamos mais das bênçãos do Senhor é que não acatamos a luz que Ele Se tem comprazido em nos dar com referência às leis da vida e da saúde. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1883. CRA 17 1 7. Deus tanto é autor das leis físicas quanto o é da lei moral. Sua lei está escrita com o Seu próprio dedo em cada nervo, em cada músculo e em cada faculdade que confiou ao homem. -- Parábolas de Jesus, 347, 348 (1900). CRA 17 2 8. O Criador do homem organizou a maquinaria viva de nosso corpo. Cada função é maravilhosa e sabiamente arranjada. E Deus Se comprometeu a manter esta maquinaria humana em saudável ação desde que o instrumento humano obedeça a Suas leis e coopere com Ele. Cada lei governadora da máquina humana deve ser considerada tão divina na origem, caráter e importância como a Palavra de Deus. Cada ação descuidada e desatenta, qualquer abuso em relação ao maravilhoso mecanismo do Senhor, com desrespeito a Suas peculiares leis na habitação humana, é uma violação da lei de Deus. Podemos contemplar e admirar a obra de Deus no mundo natural, mas a habitação humana é o mais maravilhoso. -- Manuscrito 3, 1897. CRA 17 3 9. Tão verdadeiramente é pecado violar as leis de nosso ser como o é quebrantar os Dez Mandamentos. Num e noutro caso há transgressão às leis de Deus. Os que transgridem a lei de Deus em seu organismo físico estarão inclinados a violar a lei de Deus proferida no Sinai. CRA 17 4 Nosso Salvador advertiu Seus discípulos de que precisamente antes de Sua segunda vinda existiria uma situação muito semelhante à que precedeu o dilúvio. O comer e beber seria levado ao excesso, e o mundo se entregaria ao prazer. Esse estado de coisas existe presentemente. O mundo está em grande medida entregue à satisfação do apetite; e a disposição de seguir os costumes do mundo nos tornará cativos de hábitos pervertidos -- hábitos que nos farão cada vez mais semelhantes aos condenados habitantes de Sodoma. Tenho-me admirado de que os habitantes da Terra não tenham sido destruídos como o povo de Sodoma e Gomorra. Vejo razão suficiente para o presente estado de degeneração e mortalidade no mundo. Cegas paixões controlam a razão, e toda consideração superior é em muitos casos sacrificada à luxúria. CRA 18 1 Manter o corpo em condições saudáveis, a fim de que todas as partes da maquinaria viva possam agir harmoniosamente, tal deve ser a preocupação de nossa vida. Os filhos de Deus não podem glorificá-Lo com o corpo enfermo ou a mente amesquinhada. Os que condescendem com qualquer espécie de intemperança, seja no comer, seja no beber, desgastam suas energias físicas e enfraquecem as faculdades morais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 53 (1890). CRA 18 2 10. Uma vez que as leis da Natureza são leis de Deus, é claro dever nosso dar a essas leis a mais cuidadosa atenção. Devemos estudar seus reclamos em relação a nosso próprio corpo, ajustando-nos a eles. A ignorância nessas coisas é pecado. CRA 18 3 "Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?" "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:15, 19, 20. Nosso corpo é adquirida propriedade de Cristo, e não devemos sentir-nos em liberdade de fazer com ele o que nos apraz. Os homens têm procedido assim; têm tratado o seu corpo como se suas leis não previssem penalidade. Por meio do pervertido apetite seus órgãos e faculdades têm-se tornado debilitados, enfermos e inutilizados. E esses resultados que Satanás tem acarretado por suas próprias especiosas tentações, ele usa para escarnecer de Deus. Ele apresenta diante de Deus o corpo humano que Cristo adquiriu como Sua propriedade; e que deformada representação de seu Criador é o homem! Porque pecou contra o corpo, e corrompeu seus caminhos, Deus é desonrado. CRA 18 4 Quando homens e mulheres são verdadeiramente convertidos, conscienciosamente consideram as leis da vida que Deus estabeleceu em seu ser, buscando assim evitar debilidade física, mental e moral. A obediência a essas leis deve ser feita matéria de dever pessoal. Nós mesmos havemos de sofrer os danos da lei violada. Temos de responder perante Deus por nossos hábitos e práticas. Portanto, o que nos importa perguntar não é: "Que diz o mundo?" mas: "Como eu, que me declaro cristão, trato a habitação que Deus me deu? Trabalharei para o meu mais alto bem temporal e espiritual, guardando o meu corpo como um templo para a habitação do Espírito Santo, ou sacrificar-me-ei eu mesmo às práticas e idéias do mundo?" -- Testimonies for the Church 6:369, 370 (1900). Penalidade pela ignorância CRA 19 1 11. Deus criou leis que governam nossa constituição, e essas leis que Ele pôs em nosso ser são divinas, e para cada transgressão está fixada uma penalidade que, cedo ou tarde, será executada. A maioria das enfermidades que a família humana tem padecido e continua padecendo tem sua origem na ignorância das próprias leis orgânicas. Eles parecem indiferentes no que respeita à saúde, e trabalham com perseverança para se fazerem em pedaços, e quando alquebrados e debilitados no corpo e na mente, vão em busca do médico e enchem-se de drogas até morrer. -- The Health Reformer, Outubro de 1866. Nem sempre é ignorância CRA 19 2 12. Pessoas há que quando estão falando sobre o assunto de saúde, muitas vezes dizem: "Sabemos muito mais do que praticamos." Não compreendem que são responsáveis por cada raio de luz recebido com respeito ao seu bem-estar físico, sendo cada um de seus atos franqueado à inspeção de Deus. A vida física não deve ser tratada com indiferentismo. Cada órgão, cada fibra do ser, devem ser religiosamente guardados de práticas danosas. -- Testimonies for the Church 6:372 (1900). Responsabilidade pela luz CRA 19 3 13. No tempo em que a luz da reforma da saúde despontou em nós, e desde então, tivemos a diária indagação: "Estou praticando a verdadeira temperança em todas as coisas?" "É o meu regime de molde a colocar-me na posição em que eu possa realizar a maior soma de bem?" Se não podemos responder afirmativamente a essas perguntas, permanecemos em condenação diante de Deus, pois Ele nos fará inteiramente responsáveis pela luz que tem derramado em nosso caminho. Deus releva o tempo de ignorância, mas tão logo a luz brilhe sobre nós, de nós requer mudança nos hábitos destruidores da saúde, e que nos relacionemos devidamente com as leis físicas. -- Good Health, Novembro 1880. CRA 20 1 14. A saúde é um tesouro. É de todas as posses temporais a mais preciosa. Riqueza, cultura e honra são adquiridas ao elevado preço da perda do vigor da saúde. Nada disso pode assegurar felicidade, se falta a saúde. Terrível pecado é o abuso da saúde que Deus nos deu; tais abusos debilitam nossa vida, tornando-nos perdedores mesmo que ganhemos por esse meio qualquer soma de educação. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 150 (1890). CRA 20 2 15. Deus liberalmente proveu o sustento e felicidade de todas as Suas criaturas; se Suas leis nunca fossem violadas, se todos agissem em harmonia com a vontade divina, saúde, paz e felicidade seriam o resultado em vez de miséria e males contínuos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 151 (1890). CRA 20 3 16. Uma cuidadosa conformidade com as leis que Deus implantou em nosso ser, assegurarão saúde, e não haverá debilidade na constituição. -- The Health Reformer, Agosto de 1866. Uma oferta sem mancha CRA 20 4 17. No antigo cerimonial judaico era requerido que cada sacrifício fosse sem mancha. No texto é-nos dito que apresentemos o nosso corpo a Deus em sacrifício vivo, santo e aceitável, que é o nosso culto racional. Nós somos a obra-prima de Deus. O salmista, meditando sobre a maravilhosa obra de Deus na estrutura humana, exclamou: "De um modo terrível e maravilhoso fui formado." Muitos há que são educados em ciências e estão familiarizados com a teoria da verdade, e não compreendem as leis que governam o seu próprio ser. Deus nos deu faculdades e talentos, e é nosso dever, como Seus filhos e filhas, deles fazer o melhor uso. Se debilitamos essas faculdades da mente e do corpo em virtude de hábitos errôneos ou tolerância para com o apetite pervertido, ser-nos-á impossível honrar a Deus como é nosso dever. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 15 (1890). CRA 21 1 18. Deus exige que o corpo Lhe seja oferecido como sacrifício vivo, não morto ou agonizante. As ofertas dos antigos hebreus deviam ser sem mancha; seria aceitável a Deus um sacrifício humano cheio de enfermidades e corrupção? Ele nos diz que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo; e requer de nós que cuidemos deste templo, a fim de que seja habitação apropriada para o Seu Espírito. O apóstolo Paulo nos faz esta admoestação: "Fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." Todos devem ser muito cuidadosos em manter o corpo nas melhores condições de saúde, a fim de poderem prestar a Deus o melhor serviço, cumprindo o seu dever na família e na sociedade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 52, 53; Conselhos Sobre Saúde, 121 (1890). Uma piedosa oferta CRA 21 2 19. Deve-se obter conhecimento quanto ao comer, beber e vestir-se, de maneira que seja preservada a saúde. A enfermidade é motivada pela violação das leis da saúde; é o resultado da transgressão das leis da natureza. Nosso primeiro dever, dever pertinente a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo, é a obediência às leis de Deus, as quais incluem as leis da saúde. Se adoecemos, sobrecarregamos nossos amigos e nos incapacitamos a nós mesmos para o cumprimento de nossos deveres para com a família e o próximo. E quando a morte prematura segue-se em resultado da violação da lei natural, acarretamos tristeza e sofrimento aos outros; privamos nossos vizinhos do serviço que lhes devíamos prestar em vida; roubamos nossas famílias do conforto e auxílio que lhes devíamos, e roubamos a Deus do serviço que Ele reclama de nós para a divulgação de Sua glória. Não somos, assim, no pior sentido, transgressores da lei de Deus? CRA 22 1 Mas Deus é todo piedoso, gracioso e compassivo, e quando vem a luz aos que têm prejudicado a saúde por pecaminosas condescendências, e sentindo-se convencidos de pecado, arrependem-se e buscam perdão, Ele aceita a humilde oferta a Ele devotada, e recebe-os. Oh! que terna compaixão o não recusar Ele o remanescente da desregrada vida do pecador arrependido e sofredor! Em Sua graciosa misericórdia Ele salva as almas como que pelo fogo. Mas que inferior, que lamentável sacrifício, afinal, a ser oferecido a Deus! Nobres faculdades foram paralisadas por hábitos errôneos de pecaminosa condescendência. As aspirações são pervertidas e corpo e alma desfigurados. -- Testimonies for the Church 3:164, 165 (1872). Por que a luz sobre a reforma da saúde CRA 22 2 20. O Senhor tem feito resplandecer sobre nós a Sua luz nestes últimos dias, a fim de que a obscuridade e as trevas que têm sido acumuladas nas passadas gerações em virtude de pecaminosa condescendência, possam de alguma forma ser dissipadas, e o cortejo de males que tem resultado por causa da intemperança no comer e no beber, seja amenizado. CRA 22 3 O Senhor em sabedoria designou conduzir o Seu povo a uma posição em que ele seja separado do mundo no espírito e na prática, a fim de que os Seus filhos não sejam tão prontamente levados à idolatria e não sejam maculados com a corrupção prevalecente neste século. É desígnio de Deus que os pais crentes e seus filhos permaneçam como vivos representantes de Cristo, candidatos para a vida eterna. Todos os que são participantes da natureza divina escaparão da corrupção que pela concupiscência há no mundo. É impossível aos que condescendem com o apetite alcançar a perfeição cristã. -- Testimonies for the Church 2:399, 400 (1870). CRA 22 4 21. Deus tem permitido que a luz da reforma de saúde brilhe sobre nós nestes últimos dias, a fim de que andando na luz escapemos a muitos dos perigos a que estaremos expostos. Satanás está trabalhando com grande afinco para levar homens a serem condescendentes com o apetite, a satisfazerem a inclinação e a gastarem os seus dias em desavisadas doidices. Ele apresenta atrações numa vida de prazer egoísta e condescendência sensual. A intemperança mina as energias tanto da mente como do corpo. Aquele que está assim sobrecarregado, colocou-se no terreno de Satanás, onde será tentado e molestado, e finalmente controlado à vontade pelo inimigo de toda a justiça. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 75 (1890). CRA 23 1 22. A fim de preservar a saúde, é necessário temperança em todas as coisas -- no trabalho, no comer e no beber. Nosso Pai celestial enviou a luz da reforma de saúde a fim de proteger contra os males resultantes do apetite pervertido, de modo que os que amam a pureza e a santidade possam saber como usar com discrição as boas coisas que lhes proveu, de forma que pelo exercício da temperança na vida diária, sejam santificados pela verdade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 52; Conselhos Sobre Saúde, 120, 121 (1890). CRA 23 2 23. Tenha-se em mente sempre que o grande objetivo da reforma de saúde é garantir o desenvolvimento mais elevado possível da mente, da alma e do corpo. Todas as leis da Natureza -- que são leis de Deus -- foram destinadas para o nosso bem. A obediência a elas promoverá nossa felicidade nesta vida, e nos ajudará a preparar-nos para a vida futura. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 120 (1890). Importância dos princípios de saúde CRA 23 3 24. Os princípios que nos foram propostos no começo desta mensagem são tão importantes e devem ser considerados com tanta consciência hoje em dia como o foram então. Muitos há que nunca seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. É tempo de tirar a luz de sob o alqueire e fazê-la resplandecer com radiação clara e luminosa. CRA 23 4 Os princípios do regime alimentar significam muito para nós, individualmente, e como povo. ... CRA 23 5 Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar tudo que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus. CRA 24 1 Somente quando dermos atenção inteligente aos princípios do viver saudável, seremos habilitados a ver os males que resultam do regime impróprio. Os que, depois de reconhecerem seus erros, tiverem coragem para reformar seus hábitos, hão de experimentar que o processo da reforma exige lutas e muita perseverança. Uma vez educados os gostos, porém, reconhecerão que o uso de alimentos que antes haviam considerado inofensivos, estivera, pouco a pouco, mas de modo seguro, lançando bases para a dispepsia e outras moléstias. -- Testimonies for the Church 9:158-160 (1909). Na vanguarda como reformadores CRA 24 2 25. Os Adventistas do Sétimo Dia proclamam verdades momentosas. Há mais de quarenta anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus! Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma de saúde. No tocante à temperança, deveríamos haver progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhes apraz e procedem do mesmo modo. CRA 24 3 Os que ocupam cargo de instrutor e dirigente em nossa causa devem estar firmados no terreno da Bíblia, com relação à reforma de saúde e dar testemunho decidido aos que crêem que estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios. -- Testimonies for the Church 9:158 (1909). CRA 24 4 26. Os que estão "aguardando a bem-aventurada esperança, e o glorioso aparecimento do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo, o qual Se deu a Si mesmo por nós, para nos redimir de toda iniqüidade, e purificar para Si um povo peculiar, zeloso de boas obras", estarão atrás dos religionistas de hoje que não têm fé no breve aparecimento de nosso Salvador? O povo peculiar, que Ele está purificando para Si, para que seja trasladado para o Céu sem ver a morte, não deve estar para trás de outros em boas obras. Em seus esforços para se purificarem de toda impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus, devem ir tão além de qualquer outra classe de pessoas na Terra, quanto mais exaltada é sua profissão do que a deles. -- Testimonies for the Church 1:487 (1867). Reforma de saúde e oração pelos enfermos CRA 25 1 27. A fim de ser purificados e permanecer puros, os adventistas do sétimo dia devem ter o Espírito Santo em seu coração e em seus lares. O Senhor me deu esclarecimento de que quando o Israel de hoje se humilhar perante Ele, e purificar o templo da alma de toda contaminação, Ele ouvirá suas orações em favor dos enfermos e os abençoará no uso dos Seus remédios para as enfermidades. Quando em fé o instrumento humano faz tudo que pode para combater as enfermidades, usando os métodos simples de tratamento que Deus proveu, seus esforços serão abençoados por Deus. CRA 25 2 Se, depois de tanta luz que lhe tem sido dada, o povo de Deus acariciar hábitos errôneos, mostrando-se tolerantes consigo mesmos e recusando a reforma, sofrerão as infalíveis conseqüências de sua transgressão. Se estiverem resolvidos a satisfazer o apetite pervertido a qualquer custo, Deus não os salvará milagrosamente das conseqüências de sua tolerância. "Em tormentos" jazerão. Isaías 50:11. CRA 25 3 Os que preferem ser presunçosos, dizendo: "O Senhor me tem curado, e eu não preciso restringir o meu regime; posso comer e beber o que me aprouver", logo estarão precisando, no corpo e na alma, do poder restaurador de Deus. Só porque o Senhor vos tem curado graciosamente, não deveis pensar que podeis ser tolerantes com as práticas egoísticas do mundo. Fazei como Cristo ordenava após haver realizado uma cura: "Vai, e não peques mais." João 8:11. O apetite não deve ser um deus para vós. -- Testimonies for the Church 9:164, 165 (1909). CRA 25 4 28. A reforma da saúde é um ramo da obra especial de Deus para benefício de Seu povo. ... CRA 25 5 Vi que o motivo por que Deus não ouvia mais plenamente as orações de Seus servos pelos doentes entre nós, era que Ele não podia ser glorificado nisto enquanto eles estivessem violando as leis da saúde. E vi também ser Seu desígnio que a reforma da saúde e o Instituto de Saúde preparem o caminho para que a oração da fé possa ser plenamente atendida. A fé e as boas obras devem andar de mãos dadas no aliviar os doentes que há entre nós, e em prepará-los para glorificar a Deus aqui e serem salvos na vinda de Cristo. -- Testimonies for the Church 1:560 (1867); Testemunhos Selectos 1:216. CRA 26 1 29. Muitos têm esperado que Deus os guarde de enfermidades, meramente porque Lho suplicaram. Mas Deus não deferiu suas orações, porque sua fé não foi corroborada pelas obras. Deus não operará milagres para livrar de enfermidades aqueles que não cuidam de si mesmos, mas estão de contínuo violando as leis da saúde, e não fazem esforços para evitar as enfermidades. Quando fazemos tudo que podemos para ter saúde, então podemos esperar que abençoados resultados se sigam, e podemos pedir com fé a Deus que abençoe nossos esforços pela preservação da saúde. Ele responderá então a nossas orações, se Seu nome puder ser glorificado por isto. Mas compreendam todos que há uma obra para fazerem. Deus não operará de maneira miraculosa para preservar a saúde de pessoas que estão seguindo um caminho que fatalmente os fará enfermos, por causa de sua desatenção para com as leis da saúde. CRA 26 2 Os que lisonjeiam o apetite, e então sofrem em virtude de sua intemperança, e tomam drogas para se aliviarem, podem estar certos de que Deus não Se interporá para assegurar-lhes a saúde e salvar-lhes a vida tão temerariamente posta em perigo. A causa produziu o efeito. Muitos, como último recurso, seguem a indicação da Palavra de Deus, e solicitam as orações dos anciãos da igreja para a restauração de sua saúde. Deus não considera apropriado responder a orações feitas em favor de tais pessoas, pois sabe que se tiverem restaurada a saúde, voltarão a sacrificá-la sobre o altar do apetite doentio. -- Spiritual Gifts 4:144, 145 (1864). Uma lição do fracasso de Israel CRA 26 3 30. O Senhor deu Sua palavra ao Israel antigo de que se se apegassem firmemente a Ele e cumprissem todos os Seus reclamos, guardaria todos os Seus das doenças que haviam atribulado os egípcios; mas essa promessa foi feita sob condição de obediência. Se os israelitas houvessem obedecido às instruções recebidas, aproveitando-se de suas vantagens, ter-se-iam tornado para o mundo um modelo de saúde e prosperidade. Deixaram de cumprir o plano divino e, desta forma, de receber também as bênçãos que poderiam ter sido suas. Mas em José e Daniel, Moisés e Elias e em muitos outros, temos exemplos nobres dos resultados que se podem obter de um plano sábio de vida. Da mesma maneira a fidelidade hoje em dia produzirá resultados idênticos. É para nós que está escrito: "Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:9. -- Testimonies for the Church 9:165 (1909); Testemunhos Selectos 3:364, 365. CRA 27 1 31. Houvessem os israelitas obedecido às instruções recebidas, e aproveitado suas vantagens, e teriam sido para o mundo uma lição objetiva de saúde e prosperidade. Se, como um povo, houvessem vivido em harmonia com o plano de Deus, teriam sido preservados das moléstias que afligiam outras nações. Haveriam, mais que qualquer outro povo, possuído resistência física e vigor intelectual. -- A Ciência do Bom Viver, 283 (1905). A carreira cristã CRA 27 2 32. "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós porém, a incorruptível." 1 Coríntios 9:24, 25. CRA 27 3 Aqui os bons resultados do domínio próprio e de hábitos equilibrados são manifestados. Os diferentes jogos instituídos entre os antigos gregos em honra dos seus deuses, são-nos apresentados pelo apóstolo Paulo para ilustrar o embate espiritual e sua recompensa. Os que deviam participar desses jogos eram treinados na mais severa disciplina. Toda tolerância que tendesse a debilitar as faculdades físicas era proibida. Alimentos suntuosos e vinho eram proibidos, a fim de que fosse promovido o vigor físico, resistência e firmeza. CRA 28 1 Conquistar o prêmio pelo qual lutavam -- uma grinalda de perecíveis flores, outorgada em meio aos aplausos da multidão -- era considerado a mais alta honra. Se tanto podia ser suportado, tanta renúncia praticada, na esperança de conquistar prêmio tão sem valia, prêmio que somente um podia alcançar, quão maior não devia ser o sacrifício, quão mais intensa a disposição para a abnegação, tendo em vista uma coroa incorruptível e a vida eterna! CRA 28 2 Há uma obra que nos compete fazer -- obra inflexível e de zelo. Todos os nossos hábitos, gostos e inclinações devem ser educados em harmonia com as leis da vida e da saúde. Dessa forma podemos garantir as melhores condições físicas, e teremos clareza mental para discernir entre o mau e o bom. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 25-28 (1890). O exemplo de Daniel CRA 28 3 33. Para compreender corretamente o assunto da temperança, precisamos considerá-lo do ponto de vista bíblico; e nenhum outro exemplo ilustra de maneira mais completa e implícita a verdadeira temperança e as bênçãos que se lhe seguem, do que a história do profeta Daniel e seus companheiros hebreus na corte de Babilônia. ... CRA 28 4 Deus sempre honra o direito. Os mais promissores jovens de todas as terras subjugadas pelo grande conquistador tinham sido reunidos em Babilônia; mas dentre todos eles sobressaíam os cativos hebreus. A forma ereta, o passo firme, elástico, a agradável fisionomia, os sentidos apurados, o hálito incontaminado -- tudo isto era um certificado de bons hábitos, insígnia da nobreza com que a Natureza honra os que são obedientes a suas leis. CRA 28 5 A história de Daniel e seus companheiros foi registrada nas páginas da Palavra Inspirada para o benefício da juventude dos séculos futuros. O que homens fizeram, homens podem fazer. Não permaneceram esses jovens hebreus firmes em meio a grandes tentações, e não deram nobre testemunho em favor da verdadeira temperança? Pois a juventude hoje pode dar idêntico testemunho. CRA 29 1 A lição aqui apresentada é dessas que convém bem considerar. O perigo para nós não está na carência, mas na abundância. Somos constantemente tentados ao excesso. Os que desejarem preservar suas faculdades não diminuídas para o serviço de Deus, precisam observar estrita temperança no uso de Suas bênçãos, bem como total abstinência de tudo que represente condescendência prejudicial ou degradante. CRA 29 2 A geração que desponta está cercada de seduções destinadas a tentar o apetite. Em nossas grandes cidades, especialmente, toda espécie de condescendência torna-se fácil e convidativa. Aqueles que, como Daniel, recusarem aviltar-se, colherão os frutos de seus hábitos de temperança. Na posse de maior capacidade física e de aumentado poder de resistência, possuem um depósito bancário do qual sacar em caso de emergência. CRA 29 3 Hábitos físicos corretos promovem a superioridade mental. Faculdade intelectual, força física e longevidade dependem de leis imutáveis. Nesta questão o acaso não existe. O Deus da Natureza não interferirá para preservar os homens das conseqüências da violação das leis da Natureza. Há muita genuína verdade no adágio: "O homem é o arquiteto do seu próprio destino." Conquanto os pais sejam responsáveis pela estampa do caráter, bem como pela educação e instrução de seus filhos, é ainda verdade que nossa posição e prestatividade no mundo dependem, em grande medida, de nossa própria conduta. Daniel e seus companheiros desfrutaram os benefícios de instrução e educação corretas logo nos primeiros tempos de vida, mas essas vantagens tão-somente, não teriam feito deles o que foram. Chegou o momento em que deviam agir por si mesmos, quando o futuro deles dependia de sua conduta. Decidiram então ser fiéis às lições que lhes foram dadas na meninice. O temor de Deus, que é o princípio da sabedoria, foi o fundamento de sua grandeza. O Espírito de Deus fortaleceu-lhes cada propósito bom, cada nobre resolução. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 25-28 (1890). CRA 29 4 34. Os jovens [Daniel, Hananias, Misael e Azarias] desta escola de preparo deviam não somente ser admitidos no palácio real, mas também comer do alimento e beber do vinho que se serviam à mesa do rei. Em tudo isto o rei considerou que lhes não estava apenas concedendo grande honra, mas assegurando-lhes o melhor desenvolvimento físico e mental que poderiam obter. CRA 30 1 Entre as iguarias que se serviam ao rei estavam a carne de porco e outros alimentos declarados impuros pela lei de Moisés e terminantemente proibidos aos hebreus como alimento. Aqui Daniel foi colocado perante difícil prova. Devia ele apegar-se aos ensinamentos de seus pais sobre comidas e bebidas, e desagradar o rei, com a provável perda não apenas de sua posição mas da própria vida; ou desconsiderar os mandamentos do Senhor e conservar o favor do rei, garantindo-se dessa forma vantagens intelectuais e as mais sedutoras perspectivas mundanas? CRA 30 2 Daniel não hesitou muito. Decidiu firmar-se em sua integridade, fosse qual fosse o resultado. Ele resolveu "firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia". CRA 30 3 Há muitos entre os professos cristãos hoje que denunciariam Daniel como tendo sido demasiado minucioso, julgando-o estreito e fanático. Consideram de mínima conseqüência a questão de comer ou beber, para que se reclame uma posição assim decidida -- posição que envolve o provável sacrifício de toda vantagem terrena. Mas os que assim arrazoam verificarão no dia do juízo que viraram as costas a expressas exigências de Deus, tendo colocado sua própria opinião como norma do que é direito ou errado. Descobrirão que o que lhes parecia sem importância não era assim considerado por Deus. Seus reclamos devem ser obedecidos religiosamente. Os que aceitam qualquer dos Seus preceitos e a eles obedecem por ser-lhes assim conveniente, ao passo que rejeitam outros porque sua observância demandaria sacrifício, rebaixam a norma do direito, e por seu exemplo levam outros a levianamente considerar a santa lei de Deus. "Assim diz o Senhor" deve ser nossa regra em todas as coisas. ... CRA 30 4 O caráter de Daniel é apresentado ao mundo como um tácito exemplo do que a graça de Deus pode fazer de homens caídos por natureza e corrompidos pelo pecado. O registro de sua vida nobre, abnegada, é um encorajamento para a nossa comum humanidade. Daí podemos angariar força para nobremente resistir à tentação e, firmemente, na graça da mansidão, permanecer ao lado do direito sob a mais severa prova. CRA 31 1 Daniel poderia ter encontrado uma desculpa plausível para pôr de lado seus estritos hábitos de temperança; mas para ele a aprovação de Deus era mais estimada do que o favor do mais poderoso potentado terrestre -- mais estimada mesmo do que sua própria vida. Havendo por sua delicada conduta alcançado o favor de Melzar, o funcionário que tinha a seu cargo os jovens hebreus, Daniel pediu que lhes fosse permitido não comer das iguarias do rei, nem beber do seu vinho. Melzar temia que se concordasse com este pedido viesse a cair no desagrado do rei, pondo sua própria vida em perigo. Como acontece com muitos hoje, ele supunha que um regime de abstenção tornaria esses jovens pálidos, de aparência doentia e deficientes em força muscular, ao passo que a alimentação luxuriante da mesa do rei os tornaria corados e belos, dando-lhes capacidade física superior. CRA 31 2 Daniel solicitou que a questão fosse decidida numa prova de dez dias, breve período no qual seria permitido aos jovens hebreus servir-se de alimentos simples, enquanto os outros se serviriam das iguarias do rei. A solicitação foi finalmente atendida, e Daniel sentiu que havia ganho a causa. Embora ainda jovem, havia ele visto os danosos efeitos do vinho e da vida desregrada sobre a saúde física e mental. CRA 31 3 Ao final dos dez dias os resultados se provaram exatamente o oposto do que Melzar esperava. Não somente na aparência pessoal, mas também na atividade física e vigor mental, os que haviam sido temperantes em seus hábitos exibiam uma evidente superioridade sobre os seus companheiros que haviam sido condescendentes com o apetite. Como resultado desta prova, permitiu-se a Daniel e seus companheiros continuar seu regime simples durante todo o curso de seu treinamento para os deveres do reino. Alcançada a aprovação de Deus CRA 31 4 O Senhor teve em aprovação a abnegação e firmeza desses jovens hebreus, e Suas bênçãos seguiram-nos. Ele lhes deu "o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos". E ao expirarem os três anos de aprendizado, quando sua capacidade e erudição foram testadas pelo rei, "entre todos não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso passaram a assistir diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino". CRA 32 1 Aqui está uma lição para todos, mas especialmente para os jovens. Estrita conformidade com os reclamos de Deus é benéfica à saúde do corpo e da mente. Para alcançar a mais elevada norma de consecuções morais e intelectuais, é necessário sabedoria e força de Deus, e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros temos um exemplo da vitória do princípio sobre a tentação de condescender com o apetite, uma demonstração de que mediante o princípio religioso podem os jovens triunfar sobre a concupiscência da carne, e permanecer fiéis aos reclamos de Deus, mesmo que isso custe grande sacrifício. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. Despreparados para o alto clamor CRA 32 2 35. A reforma de saúde, foi-me mostrado, é parte da terceira mensagem angélica, e está com ela tão intimamente relacionada como está o braço e a mão com o corpo humano. Vi que nós como um povo precisamos fazer um movimento de progresso nesta grande obra. Pastores e povo precisam agir em harmonia. O povo de Deus não está preparado para o alto clamor da terceira mensagem angélica. Eles têm uma obra a fazer por si mesmos, e que não podem deixar para que Deus a faça por eles. Ele deixou esta obra para que eles a façam. É uma obra individual; uma obra que não pode ser deixada para outro. "Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus." A glutonaria é o pecado prevalecente neste século. O lascivo apetite torna homens e mulheres escravos, obscurecendo-lhes o intelecto e estupidificando-lhes a sensibilidade moral a tal ponto que as sagradas e elevadas verdades da Palavra de Deus não são apreciadas. As inclinações inferiores têm dominado homens e mulheres. CRA 33 1 Para que esteja em condições para a trasladação, o povo de Deus deve conhecer a si mesmo. Precisa compreender, com respeito a sua estrutura física, que podem com o salmista, exclamar: "De um modo terrível e tão maravilhoso fui formado!" Salmos 139:14. Devem eles ter sempre o apetite em sujeição aos órgãos morais e intelectuais. O corpo deve ser servo da mente, e não a mente serva do corpo. -- Testimonies for the Church 1:486, 487 (1867). Preparo para o refrigério CRA 33 2 36. Deus deseja que o Seu povo se purifique de toda impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor do Senhor. Todos os que são indiferentes e se omitem dessa obra, esperando que o Senhor faça por eles o que a eles compete fazer, estarão desprotegidos quando os mansos da Terra, que põem por obra o Seu juízo, forem escondidos no dia da ira do Senhor. CRA 33 3 Foi-me mostrado que, se o povo de Deus não fizer esforços, de sua parte, mas esperar apenas que sobre eles venha o refrigério, para deles remover os defeitos e corrigir os erros; se nisso confiarem para serem purificados da imundícia da carne e do espírito, e preparados para tomar parte no alto clamor do terceiro anjo, serão achados em falta. O refrigério ou poder de Deus só atingirá os que se houverem para ele preparado, fazendo o trabalho que Deus ordena, isto é, purificando-se de toda a impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando-se em santidade, no temor de Deus. -- Testimonies for the Church 1:619, 3ts, 214 (1867). Apelos ao hesitante CRA 33 4 37. O deixar de seguir saudáveis princípios tem maculado a história do povo de Deus. Tem havido constante afastamento da reforma de saúde, e como resultado Deus é desonrado por grande falta de espiritualidade. Têm-se erguido barreiras que jamais seriam conhecidas se o povo de Deus tivesse andado na luz. CRA 33 5 Permitiremos nós, que temos tido tão grandes oportunidades, que o povo do mundo tome a nossa frente na reforma de saúde? Aviltaremos nossa mente e rebaixaremos nossa capacidade comendo de maneira errada? Transgrediremos a santa lei de Deus seguindo práticas egoístas? Tornar-nos-emos por nossa incoerência motivo de zombaria? Viveremos de maneira tão anticristã que o Salvador Se envergonhe de nos chamar irmãos? CRA 34 1 Não deveríamos antes realizar essa obra médico-missionária que é o evangelho na prática, vivendo de tal maneira que a paz de Deus reine em nosso coração? Não devíamos remover toda pedra de tropeço dos pés dos incrédulos, lembrando-nos sempre do que constitui dever de um professo cristão? Muito melhor é abandonar o nome de cristão do que fazer uma profissão de fé e ao mesmo tempo transigir com o apetite que fortalece paixões não santificadas. CRA 34 2 Deus pede a cada membro da igreja que dedique sem reservas sua vida ao serviço do Senhor. Ele pede decidida reforma. Toda a criação geme sob a maldição. O povo de Deus deve colocar-se onde cresça na graça, sendo santificado no corpo, na alma e no espírito, pela verdade. Quando romperem com toda ruinosa tolerância em matéria de saúde, terão mais clara percepção do que significa verdadeira piedade. Maravilhosa mudança será vista na experiência religiosa. -- The Review and Herald, 27 de Maio de 1902; Conselhos Sobre Saúde, 578, 579. Todos sendo provados CRA 34 3 38. É de grande importância que individualmente desempenhemos bem nossa parte e tenhamos nítida compreensão do que devemos comer ou beber, e como viver de molde a preservar a saúde. Todos estão sendo provados para que se veja se aceitarão os princípios de reforma de saúde ou seguirão uma conduta de condescendência própria. CRA 34 4 Que ninguém pense que pode fazer como lhe aprouver em matéria de dietética. Mas diante de todos que se assentam à mesa convosco, deixai claro que seguis princípios em questão de alimentação, como em tudo mais, a fim de que a glória de Deus seja revelada. Não vos podeis permitir agir de outra forma; pois tendes que formar caráter para a futura vida imortal. Grandes responsabilidades repousam sobre cada alma humana. Compreendamos essas responsabilidades e levemo-las nobremente em nome do Senhor. CRA 35 1 A todo que é tentado a condescender com o apetite, eu gostaria de dizer: Não se renda à tentação, mas restrinja-se ao uso de alimentos saudáveis. É-lhe possível disciplinar-se para o desfruto de um regime saudável. O Senhor ajuda aos que procuram ajudar-se; mas quando os homens não tomam cuidados especiais a fim de seguirem a mente e a vontade de Deus, como pode Ele cooperar com eles? Desempenhemos nossa parte, operando nossa salvação com tremor e temor -- temor e tremor pelo receio de errar no trato de nosso corpo, que, diante de Deus, estamos na obrigação de conservar na mais saudável condição possível. -- The Review and Herald, 10 de Fevereiro de 1910. Reforma do coração -- A verdadeira reforma CRA 35 2 39. Os que trabalham no serviço de Deus não devem estar procurando satisfação mundana e condescendência egoísta. Os médicos de nossas instituições devem estar imbuídos dos vivos princípios da reforma de saúde. Jamais serão os homens verdadeiramente temperantes sem que a graça de Cristo seja um permanente princípio no coração. Nem todos os apelos do mundo vos farão a vós ou a vossa esposa reformadores da saúde. Nenhuma mera restrição de vossa dieta curará vosso apetite doentio. O irmão e a irmã _____ não praticarão a temperança em todas as coisas enquanto o seu coração não for transformado pela graça de Deus. CRA 35 3 As circunstâncias não podem operar reformas. Cristianismo pressupõe uma reforma do coração. O que Cristo opera no interior, será manifesto no exterior sob os ditames de um intelecto convertido. O plano de iniciar pelo exterior e procurar operar interiormente, tem sempre falhado e falhará sempre. O plano de Deus para vós é começar na própria sede de todas as dificuldades -- o coração -- e então do coração hão de jorrar os princípios da justiça; a reforma será tanto externa como interna. -- Special Testimonies, Série A, 9:54 (1896). CRA 35 4 40. Os que aproximam as normas tanto quanto podem da ordem de Deus, segundo a luz que Ele lhes tem dado através de Sua Palavra e dos testemunhos do Seu Espírito, não mudarão sua conduta a fim de satisfazer aos desejos dos seus amigos ou parentes, sejam eles um, dois ou um exército, que estiverem vivendo contrariamente ao sábio plano de Deus. Se partimos do princípio nessas coisas, se observamos estritas regras de dietética, se como cristãos educamos o nosso gosto de acordo com o plano de Deus, exerceremos uma influência que estará em harmonia com a mente de Deus. A pergunta é: "Estamos dispostos a ser verdadeiros reformadores da saúde?" -- Carta 3, 1884. Uma pergunta de primordial importância CRA 36 1 41. Fui incumbida de dirigir uma mensagem a todo o nosso povo no tocante à reforma de saúde; pois muitos se têm desviado de sua anterior fidelidade a esses princípios. CRA 36 2 O propósito de Deus, em relação aos Seus filhos, é que cresçam até à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus. Para o conseguir, cumpre que façam uso legítimo de toda faculdade do espírito, alma e corpo. Não devem desperdiçar nenhuma força mental nem física. CRA 36 3 O assunto de como preservar a saúde é de importância capital. Estudando-o no temor de Deus, acharemos que o melhor para nossa prosperidade, tanto física como espiritual, é observar regime alimentar simples. Estudemos pacientemente a questão. Necessitamos de sabedoria e bom critério, a fim de proceder sabiamente neste assunto. As leis da Natureza não devem ser transgredidas, mas obedecidas. CRA 36 4 Os que têm sido instruídos com relação aos efeitos prejudiciais do uso da alimentação cárnea, do chá e do café, bem como de comidas muito condimentadas, e que estão resolvidos a fazer com Deus um concerto com sacrifício, não hão de continuar a satisfazer o seu apetite com alimentos que sabem ser prejudiciais à saúde. Deus requer que o apetite seja dominado, e se pratique a renúncia no tocante às coisas que fazem mal. É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dEle perfeito. CRA 36 5 O povo remanescente de Deus deve estar convertido. A apresentação desta mensagem, visa à conversão e santificação das almas. Devemos sentir neste movimento a virtude do Espírito de Deus. É esta uma mensagem maravilhosa e definida; significa tudo para quem a recebe e deve ser proclamada em alta voz. Devemos ter fé verdadeira e constante em que esta mensagem há de continuar aumentando de importância até ao fim. CRA 37 1 Alguns crentes professos aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, ao passo que rejeitam outras que condenam suas inclinações favoritas. Essas pessoas estão contrariando a própria prosperidade, bem como a da igreja. Importa que andemos na luz, enquanto ela estiver conosco. Os que dizem crer na reforma de saúde, e contudo lhe contrariam os princípios nas suas práticas quotidianas, estão prejudicando a própria alma, deixando má impressão no espírito de outros crentes e dos incrédulos. CRA 37 2 Arcam com grande responsabilidade os que conhecem a verdade, para conseguir que todas as suas obras correspondam à sua fé, sua vida seja purificada e santificada, e eles preparados para a obra que tem de ser rapidamente feita nestes últimos dias. Não dispõem de tempo nem de forças para gastá-los com satisfazer o apetite. As seguintes palavras devem soar-nos aos ouvidos com impressiva gravidade: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor." Atos dos Apóstolos 3:19. CRA 37 3 Muitos dentre nós têm espiritualidade deficiente, e, a menos que sejam totalmente convertidos, se perderão irremediavelmente. Quereis correr este risco?... CRA 37 4 Somente a virtude de Cristo é que pode operar uma transformação do coração e do espírito, a qual todos necessitam a fim de poder com Ele partilhar a nova vida no reino dos Céus. "Aquele que não nascer de novo", disse Jesus, "não pode ver o reino de Deus." João 3:3. A religião que vem de Deus é a única que a Ele conduz. Para podermos servi-Lo como convém, importa nascer do divino Espírito. Seremos então induzidos à vigilância, tendo purificado o coração e renovado o entendimento, e obtido graça para conhecer e amar a Deus. Isto nos tornará dispostos para obedecer a todos os reclamos divinos, que é o em que consiste o culto legítimo. -- Testimonies for the Church 9:153-156 (1909); Testemunhos Selectos 3:354-356. Frente unida CRA 38 1 42. Tem-nos sido entregue a obra de promover a reforma de saúde. O Senhor deseja que o Seu povo viva em mútua harmonia. Como deveis saber, não deixaremos a posição que nos últimos trinta anos o Senhor nos tem indicado como norma. Acautelai-vos quanto a vossa posição contrária à obra da reforma de saúde. Ela prosseguirá, pois é o meio pelo qual o Senhor alivia os sofrimentos no mundo e purifica o Seu povo. CRA 38 2 Cuidai quanto à atitude que ides assumir, não aconteça sejais achado causando divisão. Meu irmão, embora falheis em introduzir no vosso lar e em vossa família as bênçãos que advêm com o seguir os princípios da reforma de saúde, não prejudiqueis aos outros pela oposição à luz que Deus tem outorgado sobre este assunto. -- Carta 48, 1902. CRA 38 3 43. O Senhor entregou ao Seu povo uma mensagem sobre reforma de saúde. Esta luz tem estado a brilhar no seu caminho por trinta anos; e o Senhor não pode manter Seus servos em uma conduta que a contrarie. Ele Se desgosta quando os Seus servos agem em oposição à mensagem sobre este ponto, mensagem que Ele deseja dêem a outros. Pode Ele mostrar-Se satisfeito quando metade dos obreiros que trabalham num campo, ensinam que os princípios da reforma de saúde estão intimamente ligados à mensagem do terceiro anjo como o braço está ligado ao corpo, enquanto os seus coobreiros, pela prática, ensinam princípios inteiramente opostos? Isto é considerado aos olhos de Deus como um pecado. ... CRA 38 4 Nada leva maior desencorajamento às sentinelas do Senhor do que estar associadas com os que têm capacidade mental, que compreendem as razões de nossa fé, mas por preceito e exemplo manifestam indiferença para com obrigações morais. CRA 38 5 Não se pode brincar com a luz dada por Deus sobre a reforma de saúde sem prejuízo para os que o tentam; e homem nenhum pode esperar ser bem-sucedido na obra de Deus enquanto, por preceito e exemplo, age em oposição à luz que Deus enviou. CRA 39 1 44. E importante que os pastores dêem instruções com respeito à vida de temperança. Devem mostrar a relação existente entre o comer, trabalhar, descansar e vestir e a saúde. Todo que crê na verdade para estes últimos dias, tem algo a ver com este assunto. Diz-lhes respeito, e Deus requer deles que despertem e se interessem nesta reforma. Ele não Se agradará de sua conduta se considerarem esta questão com indiferença. -- Testimonies for the Church 1:618 (1867). Tropeçando nas bênçãos CRA 39 2 45. Disse o Anjo: "Abstende-vos das concupiscências carnais que combatem contra a alma." Tendes tropeçado ante a reforma de saúde. Ela vos parece um apêndice desnecessário à verdade. Não é assim; ela é parte da verdade. Aqui está diante de vós uma obra que se tornará mais achegada e será mais probante que qualquer outra coisa que vos tenha sido imposta. Enquanto hesitais e dais as costas, deixando de vos apegar às bênçãos que é vosso privilégio receber, sofreis perda. Estais tropeçando na própria bênção que o Céu tem posto em vosso caminho para tornar menos difícil o vosso progresso. Satanás vos apresenta isto sob a luz mais objetável, a fim de que combatais aquilo que se vos provaria o maior benefício e que seria para a vossa saúde física e espiritual. -- Testimonies for the Church 1:546 (1867). Considerai o juízo CRA 39 3 46. O Senhor pede voluntários que entrem para o Seu exército. Homens e mulheres enfermos devem tornar-se reformadores da saúde. Deus cooperará com os Seus filhos em preservar-lhes a saúde, se forem cuidadosos no comer, recusando sobrecarregar desnecessariamente o estômago. Graciosamente Ele tornou certo e seguro o caminho da natureza, largo bastante para que todos andem nele. Para o nosso sustento Ele nos deu os puros e saudáveis produtos da terra. CRA 39 4 Aquele que não aceita a instrução que Deus deu em Sua Palavra e em Suas obras, e que não obedece à ordem divina, possui uma experiência deficiente. É um cristão enfermo. Sua vida espiritual está debilitada. Ele vive, mas sua vida não possui fragrância. Desperdiça preciosos momentos de graça. CRA 40 1 Muitos têm feito ao corpo demasiado dano por desrespeito às leis da vida, e estão sujeitos a jamais poderem recuperar-se dos efeitos de sua negligência; mas podem mesmo agora arrepender-se e converter-se. O homem tem procurado ser mais sábio que Deus. Tem-se tornado uma lei para si mesmo. Deus requer de nós que demos atenção aos Seus reclamos, não mais O desonrando por debilitar nossas faculdades físicas, mentais e espirituais. Decadência prematura e morte, são o resultado de afastar-se de Deus para seguir os caminhos do mundo. O que se condescende com o eu tem de sofrer a penalidade. No juízo veremos quão seriamente Deus considera a violação das leis da saúde. Então, ao lançar um olhar retrospectivo a nossa conduta, veremos que conhecimento de Deus poderíamos ter alcançado, que nobre caráter poderíamos ter adquirido, se tivéssemos tomado a Bíblia como nossa conselheira. CRA 40 2 O Senhor está esperando que o Seu povo se torne sábio no entendimento. Ao ver ruína, deformidade e doenças que têm vindo ao mundo como resultado da ignorância em relação ao próprio cuidado do corpo, como podemos deixar de dar a advertência? Cristo declarou que como foi nos dias de Noé, quando a Terra estava cheia de violência e corrompida pelo crime, assim seria quando o Filho do homem tivesse de Se revelar. Deus nos tem dado grande luz, e se andarmos nesta luz, veremos Sua salvação. CRA 40 3 Há necessidade de mudanças decididas. É tempo de humilharmos nosso coração orgulhoso e obstinado, e buscarmos ao Senhor enquanto Ele pode ser achado. Como povo precisamos humilhar nosso coração diante de Deus; pois as cicatrizes de nossa incoerência estão em nossa prática. CRA 40 4 O Senhor pede que entremos nas fileiras. O dia é quase findo. A noite aí está. Já se podem ver os juízos de Deus, tanto na terra como no mar. Nenhum segundo tempo de graça é-nos assegurado. Este não é tempo para falsos movimentos. Agradeça cada um de nós a Deus o termos ainda uma oportunidade de formar o caráter para a vida eterna futura. -- Carta 135, 1902. ------------------------Capítulo 2 -- Regime e espiritualidade Intemperança é pecado CRA 43 1 47. Ninguém que professe piedade considere com indiferença a saúde do corpo, iludindo-se com o pensamento de que a intemperança não é pecado e não afeta a espiritualidade. Existe íntima correspondência entre a natureza física e a natureza moral. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881; Conselhos Sobre Saúde, 67. CRA 43 2 48. Quanto a nossos primeiros pais, o desejo imoderado trouxe em resultado a perda do Éden. A temperança em todas as coisas tem mais que ver com nossa restauração no Éden, do que os homens o imaginam. -- A Ciência do Bom Viver, 129 (1905). CRA 43 3 49. A transgressão da lei física é transgressão da lei de Deus. Nosso Criador é Jesus Cristo. Ele é o autor de nosso ser. Criou a estrutura humana. É o autor das leis físicas, assim como da lei moral. E o ser humano que se descuida, que descura dos hábitos e práticas atinentes a sua saúde e vida física, peca contra Deus. Muitos que professam amar a Jesus Cristo não mostram a devida reverência e respeito por Aquele que deu Sua vida para salvá-los da morte eterna. O Senhor não é reverenciado, nem respeitado, nem reconhecido. Isto é evidente pelo dano causado a seus próprios corpos em violação das leis de seu ser. -- Manuscrito 49, 1897. CRA 43 4 50. A contínua transgressão das leis da Natureza é uma contínua transgressão da lei de Deus. O atual peso de sofrimento e angústia que vemos por toda parte, a atual deformidade, decrepitude, doenças e imbecilidade que agora inundam o mundo, tornam-no, em comparação com o que poderia ser e Deus designou que fosse, um hospital; e a geração atual é débil quanto ao poder mental, moral e físico. Toda esta miséria tem-se acumulado geração após geração, porque o homem caído transgride a lei de Deus. Pecados da maior magnitude são cometidos pela condescendência com o apetite pervertido. -- Mente, Caráter e Personalidade 416. CRA 44 1 51. Excessiva tolerância no comer, no beber, no dormir ou contemplar, é pecado. A ação saudável e harmoniosa de todas as faculdades do corpo e da mente resultam em felicidade; e quanto mais elevadas e refinadas as faculdades, mais pura e perfeita a felicidade. -- Testimonies for the Church 4:417 (1880). Quando a santificação é impossível CRA 44 2 52. Grande parte de todas as enfermidades que afligem a família humana, resulta de seus próprios hábitos errôneos, em virtude de sua voluntária ignorância ou do menosprezo pela luz que Deus tem dado em relação às leis do seu ser. Não nos é possível glorificar a Deus enquanto vivemos em violação das leis da vida. Não é possível ao coração manter-se consagrado a Deus enquanto se tolera a concupiscência do apetite. Um corpo enfermo e um intelecto desordenado em virtude de contínua tolerância para com a ruinosa concupiscência, torna impossível a santificação do corpo e do espírito. O apóstolo compreendia a importância das condições saudáveis do corpo para a bem-sucedida perfeição do caráter cristão. Diz ele: "Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." Ele menciona os frutos do espírito, entre os quais está a temperança. "Os que são de Cristo crucificaram a carne com os seus vícios." -- The Health Reformer, Março 1878. Ignorância voluntária agrava o pecado CRA 44 3 53. É um dever saber como preservar o corpo na melhor condição de saúde, e é dever sagrado viver à altura da luz que Deus graciosamente tem dado. Se fecharmos os olhos à luz pelo temor de ver os erros que não desejamos abandonar, nossos pecados não são por isto amenizados, mas agravados. Se a luz é evitada num caso, será desconsiderada noutro. Tão pecado é violar as leis de nosso ser, como quebrar um dos Dez Mandamentos, pois não podemos num caso como no outro deixar de quebrantar a lei de Deus. Não podemos amar o Senhor de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso entendimento e com todas as nossas forças enquanto estivermos amando nosso apetite, nossos gostos, mais do que amamos o Senhor. Estamos diariamente reduzindo nossa força para glorificar a Deus, quando é certo que Ele reclama toda a nossa força, todo o nosso entendimento. Mediante nossos hábitos errôneos estamos debilitando o sustentáculo de nossa vida, e no entanto professando ser seguidores de Cristo, preparando-nos para o toque final da imortalidade. CRA 45 1 Meu irmão e minha irmã, tendes uma obra a fazer que ninguém pode fazer por vós. Despertai de vossa letargia, e Cristo vos dará vida. Mudai vosso modo de viver, de comer e de beber, e vosso sistema de trabalho. Enquanto continuardes no caminho que tendes seguido por anos, não podereis discernir com clareza coisas eternas e sagradas. Vossas sensibilidades estão embotadas, e vosso intelecto obscurecido. Não tendes estado a crescer em graça e no conhecimento da verdade como é vosso privilégio. Não tendes crescido em espírito, mas aumentado em trevas. -- Testimonies for the Church 2:70, 71 (1868). CRA 45 2 54. O homem foi o ato que coroou a criação de Deus, feito à imagem de Deus e destinado a ser uma réplica de Deus. ... O homem é muito caro a Deus, pois foi formado segundo a Sua imagem. Este fato deve impressionar-nos com a importância de ensinar por preceito e exemplo o pecado de macular, por condescendência para com o apetite ou por qualquer outro pecado, o corpo que é destinado a representar Deus ao mundo. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1895. Efeitos mentais da desobediência a leis físicas CRA 45 3 55. Deus requer de Seu povo crescimento progressivo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação da alma. Apesar de sua adesão à reforma de saúde, muitos seguem regime impróprio. -- Testimonies for the Church 9:156 (1909); Testemunhos Selectos 3:356. CRA 46 1 56. Não devemos preparar para o sábado mais liberal provisão de alimento, nem maior variedade que nos outros dias. Em lugar disto, a comida deve ser mais simples, e menos se deve comer, a fim de a mente estar mais clara e vigorosa para compreender as coisas espirituais. Um estômago abarrotado quer dizer um cérebro pesado. As mais preciosas palavras podem ser ouvidas e não apreciadas devido à mente estar confusa por uma alimentação imprópria. Comendo demais no sábado, muita gente faz mais do que julga para se tornar incapaz de receber o benefício de suas sagradas oportunidades. -- A Ciência do Bom Viver, 307 (1905). CRA 46 2 57. Tem-se-me mostrado que algumas de nossas reuniões campais estão longe de ser o que Deus deseja que sejam. O povo vem despreparado para a visitação do Espírito Santo de Deus. Geralmente as irmãs devotam considerável tempo antes da ocasião no preparo de vestidos para o adorno exterior, enquanto esquecem inteiramente o adorno interior, que é de grande valor à vista de Deus. Também é gasto muito tempo em culinária desnecessária, na preparação de ricas tortas e bolos e outros artigos de alimentação que fazem positivo dano aos que deles participam. Preparassem nossas irmãs bom pão e algumas outras espécies de alimentos saudáveis, e tanto elas como suas famílias estariam melhor preparadas para apreciar as palavras de vida, e muito mais susceptíveis à influência do Espírito Santo. CRA 46 3 Muitas vezes é o estômago sobrecarregado com alimentos que raramente é tão singelo e simples como o ingerido no lar, onde a quantidade de exercício feita é dupla ou tripla. Isto leva a mente a ficar em tal letargia que é difícil apreciar as coisas eternas; e as reuniões terminam e eles ficam desapontados por não haverem desfrutado mais do Espírito de Deus. ... Seja a preparação de comidas e de vestidos questão secundária, mas comece no lar o exame profundo do coração. -- Testimonies for the Church 5:162-164 (1882). Efeitos sobre apreciação da verdade CRA 47 1 58. Necessitais de mente clara, enérgica, a fim de apreciar o exaltado caráter da verdade, apreciar a expiação, e dar a devida estimativa às coisas eternas. Se seguis uma errônea direção e condescendeis com errados hábitos no regime alimentar, enfraquecendo assim as energias mentais, não dareis à salvação e à vida eterna aquele alto apreço que vos inspirará a pôr a vida em conformidade com a vida de Cristo; não fareis, para obter inteira conformidade com a vontade de Deus, aqueles diligentes, abnegados esforços que são requeridos por Sua Palavra, e necessários para dar-vos o preparo moral para o último toque da imortalidade. -- Testimonies for the Church 2:66 (1868); Testemunhos Selectos 1:197. CRA 47 2 59. Mesmo sendo estritos na qualidade do alimento que tomais, glorificais a Deus em vosso corpo e em vosso espírito -- os quais Lhe pertencem -- ao ingerir tal quantidade de alimentos? Os que sobrecarregam o estômago com tanto alimento, e assim pressionam a Natureza, não podem apreciar a verdade que deviam ouvir e considerar. Não podem despertar as sensibilidades entorpecidas do cérebro para aquilatar o valor da expiação, e o grande sacrifício feito em favor do homem caído. É importante que tais pessoas apreciem as grandes, preciosas e excelentes riquezas em reserva para os fiéis vencedores. A parte animal de nossa natureza jamais deve ser deixada a governar a parte moral e a intelectual. -- Testimonies for the Church 2:364 (1870). CRA 47 3 60. Alguns estão sendo tolerantes para com o desejo carnal, o qual guerreia contra a alma, e é um constante obstáculo ao seu progresso espiritual. Levam eles consigo sempre uma consciência acusadora, e ao falar-se a verdade com franqueza, ofendem-se. Condenam-se a si mesmos, e entendem que o assunto foi propositadamente escolhido para ferir o seu caso. Sentem-se ofendidos e atingidos, afastando-se das assembléias dos santos. Deixam de reunir-se para que assim procedendo não sintam a consciência perturbada. Perdem logo o interesse nas reuniões e o amor pela verdade, e, a menos que se modifiquem por completo, voltarão atrás e assumirão seu lugar com a hoste rebelde, que se coloca sob a bandeira negra de Satanás. Se esses crucificarem as concupiscências carnais que combatem contra a alma, ficarão fora do caminho, onde as setas da verdade passarão sem feri-los. Mas enquanto condescenderem com o concupiscente apetite, e assim acariciarem os seus ídolos, far-se-ão alvos para as setas da verdade, e se a verdade é de alguma forma proferida, tem de ofendê-los. ... CRA 48 1 O uso de estimulantes antinaturais é danoso à saúde, e tem influência obscurecedora sobre o cérebro, tornando-lhe impossível apreciar coisas eternas. Os que acariciam esses ídolos não podem retamente avaliar a salvação que Cristo operou por eles mediante uma vida de abnegação, de constante sofrimento e vexame, entregando finalmente Sua própria vida sem pecado para salvar da morte iminente o homem. -- Testimonies for the Church 1:548, 549 (1867). CRA 48 2 61. Manteiga e carne são estimulantes. Isto tem danificado o estômago e pervertido o gosto. Os nervos sensitivos do cérebro são insensibilizados, e o apetite animal fortalecido às expensas das faculdades morais e intelectuais. Essas elevadas faculdades, de função controladora, têm sido enfraquecidas, de maneira que as coisas eternas não têm sido discernidas. A paralisia tem entorpecido o que é espiritual e devocional. Satanás tem triunfado por ver quão facilmente pode ele vencer pelo apetite e controlar homens e mulheres de inteligência, destinados pelo Criador para fazer uma boa e grande obra. -- Testimonies for the Church 2:486 (1870). Efeitos sobre o discernimento e a decisão CRA 48 3 62. Tudo que nos diminui a força física, enfraquece a mente e a torna menos capaz de discernir entre o bem e o mal. Ficamos menos aptos para escolher o bem, e temos menos força de vontade para fazer aquilo que sabemos ser justo. CRA 49 1 O mau uso de nossas forças físicas abrevia o período de tempo em que nossa vida pode ser usada para a glória de Deus. E nos incapacita para cumprir a obra que Deus nos deu para fazer. -- Parábolas de Jesus, 346 (1900). CRA 49 2 63. Aqueles que, tendo tido luz sobre a questão de comer e vestir-se com simplicidade, em obediência a leis morais e físicas, ainda deixam a luz que lhes indica o dever, fugirão ao seu dever em outras coisas. Por fugirem à cruz que deviam assumir a fim de estar em harmonia com a lei natural, maculam a consciência; e, para evitar descrédito, violarão os Dez Mandamentos. Há da parte de alguns decidida indisposição em suportar a cruz desprezando a afronta. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 159 (1890). CRA 49 3 64. Os que acarretam enfermidade sobre si por satisfazerem ao apetite, não têm corpo e mente saudáveis. Não podem pesar as evidências da verdade nem compreender os reclamos de Deus. Nosso Salvador não estenderá tão baixo o Seu braço para erguê-los de seu degradante estado, enquanto persistirem em prosseguir num caminho que os conduzirá cada vez mais baixo. CRA 49 4 De todos se requer que façam o que puderem para preservar sadio o corpo e saudável a mente. Se satisfizerem ao vulgar apetite, obliterando assim suas sensibilidades e entorpecendo suas faculdades perceptivas, de maneira que não possam apreciar o exaltado caráter de Deus, ou deleitar-se no estudo de Sua Palavra, podem estar certos de que Deus não aceitará sua oferta indigna mais depressa do que aceitou a de Caim. Deus reclama deles que se purifiquem de toda impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor do Senhor. Depois de haver o homem feito tudo em seu poder para garantir a saúde, recusando satisfazer ao apetite e a paixões grosseiras, a fim de possuir mente saudável e imaginação santificada, para que possa fazer a Deus uma oferta em justiça, está então salvo somente pelo milagre da graça de Deus, como a arca esteve salva sobre os vagalhões da tormenta. Noé havia feito tudo que Deus dele requerera ao preparar a arca; então Deus fez aquilo que o homem não podia fazer, e preservou a arca pelo Seu miraculoso poder. -- Spiritual Gifts 4:148, 149 (1864). CRA 50 1 65. O abuso do estômago mediante satisfação do apetite, eis uma pródiga fonte da maioria das provas disciplinares na igreja. Os que comem e trabalham com intemperança e irracionalidade, falam e agem irracionalmente. Um homem intemperante não pode ser um homem paciente. Não é necessário ingerir bebidas alcoólicas para ser intemperante. O pecado do comer intemperante, do comer com demasiada freqüência, do comer demais e alimentos ricos e não saudáveis, destrói a saudável ação dos órgãos digestivos, afeta o cérebro, perverte o juízo, impedindo o pensamento e a ação racionais, calmos, saudáveis. E esta é uma produtiva fonte de provas disciplinares na igreja. Portanto, para que o povo de Deus esteja numa situação aceitável com Ele, que lhe permita glorificá-Lo no corpo e no espírito, que Lhe pertencem, precisa com interesse e zelo negar a satisfação de seus apetites, exercendo temperança em todas as coisas. Então pode ele compreender a verdade em sua beleza e pureza, e manifestá-la em sua vida, e mediante uma conduta sábia, judiciosa, correta, evitar de dar aos inimigos de nossa fé qualquer ocasião para desacreditar a causa da verdade. -- Testimonies for the Church 1:618, 619 (1867). CRA 50 2 66. Irmão e irmã G, despertai, eu vos rogo. Não haveis recebido a luz da reforma de saúde e agido com base nela. Se houvésseis restringido o vosso apetite, ter-vos-íeis poupado muito trabalho e despesas extras; e o que é de conseqüência ainda mais vasta, teríeis mantido em reserva para vós mesmos melhor condição de saúde física, e maior grau de força intelectual para apreciar verdades eternas; teríeis cérebro mais claro para pesar as evidências da verdade, e estaríeis melhor preparados para dar a outros a razão da esperança que há em vós. -- Testimonies for the Church 2:404 (1870). CRA 50 3 67. Alguns têm escarnecido desta obra de reforma, dizendo que era desnecessária, que era um excitamento destinado a desviar o espírito da verdade presente. Têm eles dito que o assunto tem sido levado a extremos. Não sabem a respeito do que estão falando. Enquanto homens e mulheres que professam piedade estão enfermos do alto da cabeça à planta dos pés, enquanto suas energias físicas, mentais e morais estão debilitadas pela satisfação do apetite depravado, e o trabalho excessivo, como podem eles pesar as evidências da verdade e compreender os reclamos de Deus? Se suas faculdades morais e intelectuais estão obscurecidas, não podem eles apreciar o valor da expiação ou o exaltado caráter da obra de Deus, nem deleitar-se no estudo de Sua Palavra. Como pode um dispéptico-nervoso estar sempre pronto a dar uma resposta a cada pessoa que lhe pergunte a razão da fé que nele há, com temor e mansidão? Quão depressa ele ficaria confuso e agitado; e por sua imaginação enferma seria levado a ver a questão em pauta sob uma luz errônea, e pela falta daquela mansidão e tranqüilidade que caracterizaram a vida de Cristo, não seria levado a desonrar sua crença quando contendendo com homens irrazoáveis? Considerando a matéria de um elevado ponto de vista religioso, precisamos ser integrais reformadores para ser semelhantes a Cristo. CRA 51 1 Vi que nosso Pai celestial nos concedeu a grande bênção da luz sobre a reforma de saúde, para que possamos atender aos reclamos que Ele tem sobre nós, e glorificá-Lo em nosso corpo e espírito, os quais Lhe pertencem, e finalmente estar sem mancha diante do trono de Deus. Nossa fé requer de nós que elevemos a norma e avancemos. Enquanto muitos põem em dúvida a conduta de outros reformadores de saúde, como homens razoáveis deviam fazer alguma coisa por si mesmos. Nossa raça está em deplorável condição, sofrendo toda sorte de enfermidades. Muitos herdaram doenças e são grandes sofredores em virtude de hábitos errôneos de seus pais; e no entanto seguem em relação a si mesmos e a seus filhos, o mesmo errôneo caminho que seus pais seguiram para com eles. São ignorantes no que respeita a si mesmos. São enfermos, e não sabem que seus próprios hábitos errôneos lhes causam imenso sofrimento. CRA 51 2 Poucos há, entretanto, que são suficientemente despertos para compreender quanto de seus hábitos dietéticos tem a ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo, e seu destino eterno. Vi que é dever dos que têm recebido a luz do Céu, e têm experimentado os benefícios de nela andar, demonstrar maior interesse pelos que estão ainda sofrendo por falta de conhecimento. Os guardadores do sábado que estão à espera do breve aparecimento do seu Salvador, devem ser os últimos a manifestar falta de interesse nesta grande obra de reforma. Homens e mulheres devem ser instruídos, e pastores e povo devem sentir o fardo da obra que sobre eles repousa, de agitar o assunto, e com veemência levá-lo a outros. -- Testimonies for the Church 1:487-489 (1867). CRA 52 1 68. Hábitos físicos têm muito que ver com o sucesso de cada indivíduo. Quanto mais cuidadoso fordes em vosso regime, quanto mais simples e não estimulante o alimento que sustenta o corpo em sua harmoniosa ação, mais clara será vossa concepção do dever. Há necessidade de fazer-se cuidadosa revisão de cada hábito, de cada prática, visto a possibilidade de uma condição mórbida do corpo lançar uma nuvem sobre tudo. -- Carta 93, 1898. CRA 52 2 69. Nossa saúde física é mantida pelo que comemos; se nosso apetite não está sob o controle de uma mente santificada, se não somos temperantes em tudo que comemos e bebemos, não estaremos num estado saudável físico e mental para estudar a Palavra com o propósito de aprender o que diz a Escritura: "Que farei para herdar a vida eterna?" Qualquer hábito não saudável produzirá no organismo uma condição não saudável, e a maquinaria viva, delicada, do estômago, será prejudicada, e não estará em condições de fazer o seu trabalho devidamente. O regime tem muito que ver com a disposição de entrar em tentação e cometer pecado. -- Manuscrito 129, 1901. CRA 52 3 70. Se o Salvador dos homens, com Sua força divina, sentia a necessidade de oração, quanto mais deviam os fracos mortais, pecadores, sentir a necessidade de oração -- oração fervorosa, constante! Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada. Confiava-Se a Deus, e mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de Seu Pai, saía vencedor. Os que professam a verdade para estes últimos dias, acima de todas as outras classes de professos cristãos, devem imitar o grande Modelo na oração. CRA 53 1 "Basta ao discípulo ser como seu Mestre, e ao servo como seu senhor." Mateus 10:25. Nossas mesas acham-se freqüentemente cobertas de iguarias que nem são saudáveis nem necessárias, porque amamos mais estas coisas do que a abnegação, o estar livres de doenças e ter mente sã. Jesus buscava diligentemente força de Seu Pai. Isto, o divino Filho de Deus considerava de maior valor, mesmo para Si, do que sentar-Se à mesa mais rica e variada. Ele nos deu provas de que a oração é essencial a fim de receber forças para lutar contra os poderes das trevas, e realizar a obra que nos foi designada. Nossa própria força é fraqueza, mas a que Deus dá é poder e fará a todo o que a recebe mais que vencedor. -- Testimonies for the Church 2:202, 203 (1869). Efeito sobre influência e prestatividade CRA 53 2 71. Que lástima é que muitas vezes, precisamente quando maior desprendimento devia ser exercido, o estômago está carregado de um volume de alimentos inadequados, que ali permanece em decomposição. O mal-estar do estômago afeta o cérebro. O comedor imprudente não compreende que se está desqualificando para dar conselho sábio, desqualificando-se para estabelecer planos para o melhor funcionamento da obra de Deus. Mas isto é assim. Ele não pode discernir coisas espirituais, e em reuniões conciliares, quando devia dizer, sim, de acordo, diz não. Apresenta propostas que estão além do admissível. O alimento que ingeriu obscureceu-lhe as faculdades cerebrais. CRA 53 3 A tolerância pessoal impede o instrumento humano de testemunhar da verdade. A gratidão que demonstramos a Deus por Suas bênçãos é grandemente afetada pelo alimento posto no estômago. A condescendência em matéria de apetite é causa de dissensão, atritos, discórdia e muitos outros males. Palavras impacientes são proferidas e atitudes inamistosas adotadas, práticas desonestas seguidas e paixões manifestadas, tudo por causa dos nervos do cérebro que são afetados pelos abusos acumulados sobre o estômago. -- Manuscrito 93, 1901. CRA 54 1 72. Não é possível impressionar alguns com a necessidade de comer e beber para glória de Deus. A condescendência com o apetite afeta-os em todas as relações da vida. Isto se vê em sua família, em sua igreja, nas reuniões de oração e na conduta dos seus filhos. Isto tem sido a maldição de sua vida. Não conseguireis fazê-los entender as verdades para estes últimos dias. Deus prodigamente proveu sustento e felicidade para todas as Suas criaturas; e se Suas leis nunca fossem violadas, e todos agissem em harmonia com a divina vontade, em lugar de infelicidade e males contínuos ver-se-iam saúde, paz, felicidade. -- Testimonies for the Church 2:368 (1870). CRA 54 2 73. O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite traria debilidade física, adormecendo órgãos perceptivos de maneira que se não discerniriam as coisas sagradas e eternas. Cristo sabia que o mundo estava entregue à glutonaria, e que isto perverteria as faculdades morais. Se a condescendência com o apetite era tão forte sobre a raça humana que, para derribar-lhe o poder, foi exigido do divino Filho de Deus que jejuasse por cerca de seis semanas, em favor do homem, que obra se acha diante do cristão a fim de ele poder vencer da maneira por que Cristo venceu! A força da tentação para satisfazer o apetite pervertido só pode ser avaliada em face da inexprimível agonia de Cristo naquele prolongado jejum no deserto. CRA 54 3 Cristo sabia que, para com êxito levar avante o plano da salvação, precisava começar a obra redentora do homem exatamente onde começara a ruína. Adão caiu pela condescendência com o apetite. Para que no homem ficassem gravadas suas obrigações quanto a obedecer à lei de Deus, Cristo começou Sua obra de redenção reformando os hábitos físicos do próprio homem. O declínio da virtude e a degeneração da raça são principalmente atribuíveis à satisfação do apetite pervertido. Responsabilidades especiais e tentações dos pastores CRA 54 4 Pesa sobre todos e em especial sobre os pastores que ensinam a verdade, solene responsabilidade de vencerem o apetite. Muito maior seria sua utilidade, caso controlassem os apetites e paixões; e mais vigorosas seriam suas faculdades mentais e energias morais se aliassem o trabalho físico ao exercício mental. Tendo hábitos estritamente temperantes, e com a combinação do trabalho muscular e da mente, poderiam realizar soma incomparavelmente maior de labor, conservando a clareza mental. Seguissem eles essa direção, e seus pensamentos e palavras fluiriam mais livremente, haveria mais energia em suas práticas religiosas, e mais assinaladas seriam as impressões causadas por eles em seus ouvintes. CRA 55 1 A intemperança no comer, mesmo de comida saudável, exercerá debilitante influência sobre o organismo, embotando as mais vivas e santas emoções. -- Testimonies for the Church 3:486, 487 (1875). CRA 55 2 74. Algumas pessoas trazem para as reuniões campais alimentos inteiramente impróprios para tais ocasiões, bolos finos e tortas, e uma variedade de pratos que perturbariam a digestão de um trabalhador sadio. Claro está que o melhor é considerado nada bom para o pastor. Então o povo leva essas coisas à mesa dele, ou convida-o para a sua mesa. Desta maneira os pastores são tentados a comer demais, e alimento prejudicial. Daí não apenas é sua eficiência diminuída na reunião campal, mas muitos se tornam dispépticos. CRA 55 3 O pastor deve declinar desta bem-intencionada porém inadvertida hospitalidade, mesmo com o risco de parecer descortês. E o povo devia possuir mais realística bondade para não submetê-lo a tal alternativa. Erram quando tentam o pastor com alimento inadequado. Preciosos talentos têm-se perdido para a causa de Deus; e muitos, ainda em vida, são privados de metade do vigor e força de suas faculdades. Os pastores, mais que quaisquer outros, devem economizar a força do cérebro e dos nervos. Devem evitar todo alimento ou bebida cuja tendência seja irritar ou excitar os nervos. O excitamento será seguido pela depressão; excessiva tolerância anuviará a mente e tornará confuso e difícil o pensamento. Ninguém pode tornar-se bem-sucedido obreiro nas coisas espirituais enquanto não observar estrita temperança nos hábitos dietéticos. Deus não pode deixar que Seu Espírito Santo repouse sobre os que, embora sabendo o que devem comer para ter saúde, persistem numa conduta que enfraquecerá o corpo e a mente. -- Manuscrito 8, 1882. "Fazei tudo para glória de Deus" CRA 56 1 75. Por inspiração do Espírito de Deus, Paulo, o apóstolo, escreve que "tudo que fizerdes", mesmo o ato natural de comer ou beber, deve ser feito, não para satisfazer ao apetite pervertido, mas sob o senso da responsabilidade de fazer "tudo para glória de Deus". Cada parte do homem deve ser guardada; devemos estar atentos, não suceda que o que levamos para o estômago expulse da mente pensamentos altos e santos. Não tenho o direito de fazer o que desejo? perguntam alguns, como se estivéssemos procurando privá-los de um grande bem, quando lhes apresentamos a necessidade de comer com inteligência, conformando todos os seus hábitos com as leis que Deus estabeleceu. CRA 56 2 Há direitos que pertencem a cada indivíduo. Temos uma individualidade e uma identidade que é nossa própria. Ninguém pode submergir sua identidade na de outrem. Todos precisam agir por si mesmos, de acordo com os ditames de sua própria consciência. Como lembrança do que seja a nossa responsabilidade e influência, somos responsáveis diante de Deus como derivando dEle a nossa vida. Isto não obtemos da humanidade, mas de Deus unicamente. Somos Seus pela criação e pela redenção. Nosso próprio corpo não é nosso, para que o tratemos como desejamos, para que o danifiquemos com hábitos que levam à decadência, tornando impossível render a Deus perfeito serviço. Nossa vida e todas as nossas faculdades Lhe pertencem. Ele cuida de nós todo o momento; conserva em ação a maquinaria viva; se fôssemos deixados a nossa própria sorte por um momento, morreríamos. Somos totalmente dependentes de Deus. CRA 56 3 Grande lição é aprendida quando compreendemos nossa relação para com Deus e a de Deus para conosco. As palavras: "Não sois de vós mesmos, pois fostes comprados por preço", devem estar penduradas na parede da sala da memória, a fim de podermos sempre reconhecer o direito de Deus sobre nossos talentos, nossas posses, nossa influência, nosso eu individual. Devemos aprender como tratar este dom de Deus, na mente, na alma e no corpo, para que como propriedade adquirida por Cristo, possamos render-Lhe serviço agradável. -- Special Testimonies, Série A, 9:58 (1896). CRA 57 1 76. Vossa vereda foi iluminada com relação à reforma de saúde, e ao dever que repousa sobre o povo de Deus, nestes últimos dias, de exercer temperança em tudo. Vi que vos encontráveis entre aqueles que ficariam para trás quanto a ver luz, e a corrigir vossa maneira de comer, beber e trabalhar. À medida que a luz da verdade for aceita e seguida, operará inteira reforma na vida e no caráter de todos os que forem santificados por ela. -- Testimonies for the Church 2:60 (1868); Testemunhos Selectos 1:194. Relação para com a vida vitoriosa CRA 57 2 77. No comer, no beber e no vestir, todos temos uma direta contribuição para com o nosso progresso espiritual. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. CRA 57 3 78. Muitos dos artigos de alimentação livremente comidos pelos pagãos que os rodeavam, eram proibidos aos israelitas. Não era que fosse feita nenhuma distinção arbitrária. As coisas proibidas eram nocivas. E o fato de serem declaradas imundas ensinava a lição de que as comidas prejudiciais são contaminadoras. Aquilo que corrompe o corpo tende a contaminar a alma. Incapacita o que o usa para a comunhão com Deus, torna-o inapto para serviço elevado e santo. -- A Ciência do Bom Viver, 280 (1905). CRA 57 4 79. O Espírito de Deus não pode vir em nosso auxílio, e assistir-nos no aperfeiçoamento do caráter cristão, enquanto estivermos sendo condescendentes para com o apetite em prejuízo da saúde, e enquanto o orgulho da vida domina. -- The Health Reformer, Setembro 1871. CRA 57 5 80. Todos os que são participantes da natureza divina escaparão à corrupção que pela concupiscência há no mundo. É impossível aos que pactuam com o apetite alcançar a perfeição cristã. -- Testimonies for the Church 2:400 (1870). CRA 57 6 81. Isto é verdadeira santificação. Não é meramente uma teoria, uma emoção ou uma forma de expressão, mas um princípio vivo, ativo, permeando a vida diariamente. Requer que nossos hábitos no comer, beber e vestir sejam de tal modo asseguradores da saúde física, mental e moral que possamos apresentar nossos corpos ao Senhor, não como uma oferta corrompida por maus hábitos, mas "como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. CRA 58 1 82. Nossos hábitos no comer e no beber mostram se somos do mundo ou se estamos entre aqueles a quem o Senhor com Sua poderosa cunha da verdade separou do mundo. -- Testimonies for the Church 6:372 (1900). CRA 58 2 83. É a intemperança no comer que torna precária a saúde de tantos, roubando a Deus a glória que Lhe é devida. Por deixarem de negar-se a si mesmos, muitos dentre o povo de Deus são incapazes de atingir a elevada norma de espiritualidade que Ele colocou diante deles, e embora se arrependam e se convertam, toda a eternidade testificará da perda sofrida por se haverem rendido ao egoísmo. -- Carta 135, 1902. CRA 58 3 84. Quantos se privam das bênçãos mais preciosas que Deus tem em depósito para eles, seja em saúde, seja em dons espirituais! Há muitas almas que reclamam vitórias e bênçãos especiais para que possam fazer alguma coisa apreciável. Para este fim estão sempre sentindo que lhes é necessário empenhar-se numa exaustiva luta com orações e lágrimas. Quando tais pessoas esquadrinharem as Escrituras com espírito de oração para conhecer a vontade divina e pô-la em prática de todo o coração, sem reserva alguma nem tolerância de qualquer espécie, encontrarão descanso. Todas as agonias, lágrimas e lutas não lhes produzirão a bênção que anelam. O eu precisa ser totalmente renunciado. Devem fazer a obra que se lhes apresenta, recebendo a plenitude da graça de Deus, que é prometida a todos os que a pedem com fé. CRA 58 4 "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Lucas 9:23. Sigamos o Salvador em Sua simplicidade e renúncia. O Homem do Calvário seja por nós enaltecido pela palavra e por vida santa. O Salvador chega muito perto dos que se consagram a Deus. Se já houve um tempo em que mais necessitássemos da operação do Espírito Santo no coração e vida, esse tempo é o presente. Asseguremo-nos este poder divino para termos a força de viver uma vida de santidade e renúncia. -- Testemunhos Selectos 3:365 (1909). CRA 59 1 85. Como nossos primeiros pais perderam o Éden em conseqüência do apetite, nossa única esperança de o reconquistar é por meio da firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime alimentar e o controle de todas as paixões, preservarão o intelecto e darão vigor mental e moral, habilitando o homem a sujeitar todas as suas inclinações ao domínio das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o torto, o sagrado e o comum. Todos quantos têm o verdadeiro senso do sacrifício feito por Cristo em deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de, pela Sua vida, mostrar ao homem como poderia resistir à tentação, alegremente renunciarão ao próprio eu, preferindo ser participantes dos sofrimentos de Cristo. CRA 59 2 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os que vencem como Cristo venceu, precisam guardar-se continuamente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser restringidos e postos em sujeição ao domínio de uma consciência esclarecida, para que o intelecto seja equilibrado, claras as faculdades de percepção, de maneira que as manobras do inimigo e seus ardis não sejam considerados como a providência de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória concedidas aos vencedores, mas não estão dispostos a suportar fadiga, privação e renúncia ao próprio eu, como fez o Redentor. E unicamente por meio da obediência e de contínuo esforço que havemos de vencer como Cristo venceu. CRA 59 3 A força dominante do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares quando, se houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás. Os que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de aperfeiçoar o caráter cristão. A incessante transgressão do homem através de seis mil anos, tem trazido em resultado doença, dor e morte. E, à medida que nos aproximamos do fim do tempo, a tentação do inimigo para ceder ao apetite será mais poderosa e difícil de vencer. -- Testimonies for the Church 3:491, 492 (1875). CRA 59 4 86. O que se apega à luz que Deus lhe deu sobre a reforma de saúde, tem um importante auxílio na obra de santificar-se pela verdade e estar habilitado para a imortalidade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 10; Conselhos Sobre Saúde, 22 (1890). CRA 60 1 RELAÇÃO DO REGIME DIETÉTICO PARA COM A MORAL Corrupção moral nos primeiros tempos CRA 60 2 87. As pessoas que viveram antes do dilúvio comiam alimento animal, e satisfaziam seu lúbrico apetite até que o copo de sua iniqüidade se completou, e Deus purificou a Terra de sua poluição moral, pelo dilúvio. ... CRA 60 3 O pecado tem predominado desde a queda. Enquanto poucos têm permanecido fiéis a Deus, a grande maioria tem corrompido os seus caminhos diante dEle. A destruição de Sodoma e Gomorra foi por conta de sua grande impiedade. Eles deram livre curso a seu intemperante apetite, daí as suas paixões corrompidas, até que se haviam rebaixado de tal forma e seus pecados se tornaram tão abomináveis, que o copo de sua iniqüidade se encheu, e eles foram consumidos pelo fogo do Céu. -- Spiritual Gifts 4:121 (1824). CRA 60 4 88. Os mesmos pecados que acarretaram a ira de Deus sobre o mundo nos dias de Noé existem em nossos dias. Homens e mulheres hoje levam à glutonaria os seus hábitos de comer e beber. Este predominante pecado, a condescendência para com o apetite pervertido, inflamou as paixões dos homens nos dias de Noé, e conduziu à corrupção geral, até que sua violência e crimes chegaram ao Céu, e Deus lavou a Terra de sua poluição moral através de um dilúvio. CRA 60 5 Os mesmos pecados de glutonaria e bebedice obliteraram a sensibilidade moral dos habitantes de Sodoma, de maneira que o crime parecia ser o deleite de homens e mulheres dessa cidade ímpia. Cristo assim adverte o mundo: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem Se manifestar." CRA 61 1 Cristo nos deixou aqui a mais importante lição. Não encoraja a indolência em Seu ensino. Seu exemplo foi o oposto disto. Cristo era um ardoroso trabalhador. Sua vida foi uma vida de abnegação, diligência, perseverança, atividade e economia. Diante de nós Ele coloca o perigo de levar ao extremo o comer e beber. Revela o resultado de entregar-se à condescendência para com o apetite. As faculdades morais são debilitadas, de maneira que o pecado não aparece como tal. Fecham-se os olhos ao crime e paixões inferiores controlam a mente, até que a corrupção geral desarraigue os bons princípios e impulsos e Deus é blasfemado. Tudo isto é resultado do comer e beber em excesso. Esta é a própria condição das coisas que Ele declara existirão por ocasião de Sua segunda vinda. CRA 61 2 Homens e mulheres se advertirão? Aceitarão a luz ou se tornarão escravos do apetite e das paixões subalternas? Cristo nos apresenta algo mais elevado com que nos ocuparmos do que meramente com o que comeremos, o que beberemos ou com que nos vestiremos. Comer, beber e vestir-se são levados a tais excessos que se tornam crime, e estão entre os pecados mais em evidência nos últimos dias e constituem um sinal da breve volta de Cristo. Tempo, dinheiro e força, que pertencem ao Senhor, mas por Ele confiados a nós, são gastos em superfluidades desnecessárias no vestir e no luxo do apetite pervertido, que reduz a vitalidade e causa sofrimento e decadência. É impossível apresentar a Deus o nosso corpo em sacrifício vivo, quando esse corpo está cheio de corrupção e enfermidade em virtude de pecaminosa condescendência. -- Testimonies for the Church 3:163, 164 (1873). Corrupção predominante em virtude do apetite desregrado CRA 61 3 89. Muitos se admiram de que a raça humana se tenha degenerado tanto física, mental e moralmente. Não compreendem que é a violação dos estatutos e leis divinas, e a violação das leis da saúde, que têm produzido esta triste degenerescência. A transgressão dos mandamentos de Deus tem feito com que Sua próspera mão seja removida. CRA 62 1 A intemperança no comer e no beber, e a condescendência para com as baixas paixões, têm entorpecido as finas sensibilidades, de maneira que as coisas sagradas têm sido postas no mesmo nível que as comuns. -- Spiritual Gifts 4:124 (1864). CRA 62 2 90. Os que se permitem tornar-se escravos de um apetite glutão, vão muitas vezes ainda além, e se rebaixam na tolerância para com suas corrompidas paixões, as quais foram excitadas pela intemperança no comer e no beber. Dão livre curso a suas paixões aviltantes, até que a saúde e o intelecto sofrem grandemente. As faculdades racionais são, em grande medida, destruídas por maus hábitos. -- Spiritual Gifts 4:131 (1864). CRA 62 3 91. Irregularidade no comer e no beber e a maneira imprópria de vestir, torna depravada a mente, corrompe o coração e leva os mais nobres atributos da alma em escravidão às paixões animais. -- The Health Reformer, Outubro 1871. CRA 62 4 92. Ninguém que professe piedade se refira com indiferença à saúde do corpo, iludindo-se a si mesmo com o pensamento de que a intemperança não é pecado, nem afeta a sua espiritualidade. Há entre a natureza física e a moral íntima relação. A norma de virtude é elevada ou degradada pelos hábitos físicos. O excesso no comer, ainda que seja o melhor alimento, produzirá condições mórbidas dos sentimentos morais. E se o alimento não é o mais saudável, os efeitos serão ainda mais danosos. Qualquer hábito que não promova ação saudável no organismo humano, degrada as faculdades mais altas e mais nobres. Hábitos errôneos no comer e no beber levam a erros de pensamento e de ação. A tolerância para com o apetite fortalece as propensões animais, dando-lhes ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais. CRA 62 5 "Abstende-vos das concupiscências da carne, que combatem contra a alma", é a linguagem do apóstolo Pedro. Muitos admitem esta advertência como aplicando-se apenas aos licenciosos; mas ela tem significado mais amplo; guarda contra toda satisfação danosa do apetite ou das paixões. É uma advertência muito vigorosa contra o uso de estimulantes e narcóticos tais como chá, café, fumo, álcool e morfina. A tolerância para com isto pode muito bem ser classificada entre as concupiscências que exercem perniciosa influência sobre o caráter. Quanto mais cedo são esses hábitos formados, mais firmemente eles mantêm suas vítimas na escravidão da luxúria e mais seguramente rebaixarão eles a norma de espiritualidade. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. CRA 63 1 93. Necessitais praticar a temperança em todas as coisas. Cultivai as superiores faculdades da mente, e haverá menos força no crescimento animal. É-vos impossível crescer em força espiritual enquanto vossos apetites e paixões não estiverem sob controle. Diz o apóstolo inspirado: "Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." CRA 63 2 Meu irmão, levantai-vos, eu vos rogo, e deixai que a obra do Espírito de Deus se aprofunde além da superfície; que ela atinja as profundezas da fonte de cada ação. O que se deseja é princípio, princípio firme e vigor de ação, tanto nas coisas espirituais como nas temporais. Falta fervor a vossos esforços. Oh, quantos estão baixos na escala da espiritualidade, porque não se negam o próprio apetite! A energia nervosa do cérebro é obscurecida e quase paralisada pelo excesso no comer. Quando tais pessoas vão aos sábados à casa de Deus, não conseguem conservar os olhos abertos. Os mais ferventes apelos não logram despertar o seu intelecto inerte, insensível. A verdade pode ser apresentada com profundo sentimento, mas não desperta a sensibilidade moral, nem ilumina o entendimento. Têm tais pessoas procurado glorificar a Deus em todas as coisas? -- Testimonies for the Church 2:413, 414. Influência de um regime dietético simples CRA 63 3 94. Se todos quantos professam obedecer à lei de Deus estivessem isentos de iniqüidade, minha alma sentir-se-ia aliviada; não o estão, porém. Mesmo os que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as adormecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente observados, tornam-se a única salvaguarda da alma. Se jamais houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser consultada sem consideração para a saúde física, intelectual ou moral. CRA 64 1 A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. Por que não lêem os homens e mulheres, tornando-se mais versados nessas coisas que tão decididamente afetam sua resistência física, intelectual e moral? Deu-vos Deus uma habitação para que dela cuideis, e a conserveis nas melhores condições para Seu serviço e Sua glória. -- Testimonies for the Church 2:352 (1869). A temperança ajuda no controle moral CRA 64 2 95. Vosso alimento não é daquela simples e saudável qualidade que produziria a melhor espécie de sangue. Sangue impuro embota seguramente as faculdades intelectuais e morais, despertando as paixões mais baixas de vossa natureza e fortalecendo-as. Nenhum de vós pode permitir-se um regime febricitante, pois o faria às expensas da saúde do corpo e da prosperidade de sua própria alma e da dos filhos. CRA 64 3 Colocais sobre a vossa mesa alimentos que sobrecarregam os órgãos digestivos, excitam as paixões animais e debilitam as faculdades morais e intelectuais. Iguarias finas e alimentos cárneos não vos trazem benefícios. ... CRA 64 4 Admoesto-vos, pelo amor de Cristo, a que ponhais em ordem vossa casa e vosso coração. Que a verdade de origem celestial vos eleve e santifique no corpo, na alma e no espírito. "Exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma." Irmão G, vosso hábito alimentar tem a tendência de fortalecer as paixões inferiores. Não controlais o corpo, como é de vosso dever, a fim de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. A temperança no comer deve ser praticada antes que chegueis a ser um homem paciente. -- Testimonies for the Church 2:404, 405 (1870). CRA 65 1 96. O mundo não deve ser regra para nós. É moda condescender com o apetite em alimentos finos e estimulantes antinaturais, fortalecendo assim as propensões animais e obstando o crescimento e desenvolvimento das faculdades morais. Nenhum encorajamento é dado a qualquer dos filhos ou filhas de Adão de que podem tornar-se mais que vencedores na luta cristã a menos que decidam praticar a temperança em todas as coisas. Se fizerem isto não combaterão como quem combate no ar. CRA 65 2 Se os cristãos mantiverem o corpo em sujeição e levarem todo apetite e paixões sob o controle de uma consciência esclarecida, sentindo como uma obrigação devida a Deus e ao próximo o obedecer às leis que governam a saúde e a vida, terão a bênção do vigor físico e mental. Terão força moral para empenhar-se na guerra contra Satanás; e em nome dAquele que no benefício deles venceu o apetite, serão mais do que vencedores em seu próprio proveito. Esta luta está aberta a todos os que nela se empenham. -- Testimonies for the Church 4:35, 36 (1876). ------------------------Capítulo 3 -- A reforma de saúde e a mensagem do terceiro anjo É o que é a mão para o corpo CRA 69 1 97. Em 10 de Dezembro de 1871 foi-me mostrado novamente que a reforma de saúde é um ramo da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Ela se acha tão ligada à terceira mensagem angélica, como as mãos o estão com o corpo. A lei dos Dez Mandamentos tem sido levemente considerada pelo homem; o Senhor, porém, não viria castigar os transgressores daquela lei sem lhes enviar primeiro uma mensagem de advertência. O terceiro anjo proclama essa mensagem. Houvesse o homem sido sempre obediente à lei dos Dez Mandamentos, cumprindo em sua vida os princípios desses preceitos, e não haveria o flagelo de doenças que hoje inundam o mundo. Preparar um povo CRA 69 2 Os homens e as mulheres não podem violar a lei natural mediante a satisfação de apetites pervertidos e de concupiscentes paixões, sem que transgridam a lei de Deus. Portanto, Ele permitiu que brilhasse sobre nós a luz da reforma de saúde, para que vejamos nosso pecado em violar as leis por Ele estabelecidas em nosso ser. Todo o nosso bem-estar ou sofrimento pode ser atribuído, em sua origem, à obediência ou transgressão no que respeita à lei natural. Nosso benigno Pai celestial vê a deplorável condição dos homens que, alguns com conhecimento mas muitos ignorantemente, estão vivendo em violação das leis por Ele estabelecidas. E movido de amor e piedade para com a raça humana, faz com que incida a luz sobre a reforma de saúde. Ele publica Sua lei e a pena que acompanhará a transgressão da mesma, a fim de que todos saibam, e cuidem em viver em harmonia com a lei natural. O Senhor proclama tão distintamente Sua lei, e torna-a tão preeminente, que é como uma cidade edificada sobre um monte. Todos os seres responsáveis a podem compreender, se o quiserem. Os idiotas não são responsáveis. Tornar patente a lei natural e insistir em que se lhe obedeça, eis a obra que acompanha a terceira mensagem angélica, a fim de preparar um povo para a vinda do Senhor. Derrota de adão -- Vitória de Cristo CRA 70 1 Adão e Eva caíram pela intemperança do apetite. Cristo veio e resistiu à mais feroz tentação de Satanás, e, em favor da raça, venceu o apetite, mostrando que o homem pode vencer. Como Adão caiu pelo apetite, perdendo o abençoado Éden, os filhos de Adão podem, por intermédio de Cristo, vencer o apetite, e mediante a temperança em tudo reconquistar o Éden. Auxílio no discernimento da verdade CRA 70 2 A ignorância agora não é escusa para a transgressão da lei. A luz brilha claramente, e ninguém precisa ficar na ignorância, pois o próprio grande Deus é o instrutor do homem. Todos estão ligados a Deus pela mais sagrada obrigação de atender à saudável filosofia e genuína experiência que Ele lhes está dando agora em referência à reforma de saúde. É Seu desígnio que o grande assunto da reforma de saúde seja agitado, e a mente do público profundamente estimulada a investigar; pois é impossível a homens e mulheres, com todos os seus hábitos pecaminosos, destruidores da saúde e enervadores do cérebro, discernir a sagrada verdade, pela qual são santificados, refinados, elevados e tornados aptos para a associação com os anjos celestiais no reino da glória. ... Santificado ou punido CRA 70 3 O apóstolo Paulo exorta a igreja: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Podem os homens, portanto, tornar impuro o seu corpo, por pecaminosas condescendências. Não santificados, estão inaptos para ser adoradores espirituais, e não são dignos do Céu. Se o homem abraçar a luz que em misericórdia Deus lhe dá com respeito à reforma de saúde, ele pode ser santificado pela verdade, e habilitado para a imortalidade. Mas se despreza essa luz e vive em violação à lei natural, terá de pagar a penalidade. -- Testemunhos Selectos 1:320; Testimonies for the Church 3:161, 162 (1873). A obra típica de Elias e de João CRA 70 4 98. Por anos tem o Senhor estado a chamar a atenção do Seu povo para a reforma de saúde. Este é um dos grandes ramos da obra de preparação para a vinda do Filho do homem. João Batista saiu no espírito e virtude de Elias, a fim de preparar o caminho do Senhor, e fazer voltar o povo à sabedoria do justo. Era ele um representante dos que vivem nos últimos dias, a quem Deus tem confiado sagradas verdades para serem apresentadas perante o povo, a fim de ser preparado o caminho para a segunda vinda de Cristo. João era um reformador. O anjo Gabriel, vindo do Céu, deu instruções sobre reforma de saúde aos pais de João. Disse que ele não devia beber vinho nem bebida forte, e que seria cheio do Espírito Santo desde o seu nascimento. CRA 71 1 João separou-se dos amigos e ostentações da vida. A simplicidade de seu vestuário, feito de pêlos de camelo, era uma permanente reprovação à extravagância e exibição dos sacerdotes judeus, bem como do povo em geral. Seu regime, puramente vegetariano, composto de alfarrobas e mel silvestre, era uma reprovação à tolerância para com o apetite e a glutonaria predominante em toda parte. O profeta Malaquias declara: "Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração do filhos a seus pais." Aqui o profeta descreve o caráter da obra. Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo, são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias, a fim de preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo. CRA 71 2 O grande assunto da reforma deve ser agitado, e a mente do público deve ser estimulada. Temperança em todas as coisas deve estar associada com a mensagem, a fim de fazer voltar o povo de Deus de sua idolatria, glutonaria e extravagância no vestir e em outras coisas. Um marcante contraste CRA 71 3 A abnegação, humildade e temperança requeridas dos justos, a quem Deus de maneira especial guia e abençoa, deve ser apresentada em contraste com os hábitos extravagantes e destruidores da saúde dos que vivem neste século degenerado. Deus tem mostrado que a reforma de saúde está intimamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo como a mão está com o corpo. Não se encontra em parte alguma tão grande causa da degenerescência física e moral como a negligência deste importante assunto. Os que lisonjeiam o apetite e a paixão, e fecham os olhos à luz por temor de que irão ver pecaminosas condescendências que não estão dispostos a deixar, são culpados perante Deus. CRA 72 1 Quem num caso vira as costas à luz endurece o coração para desconsiderar a luz em outros casos. Quem viola obrigações morais em questões de alimentação e vestuário, prepara o caminho para a violação dos reclamos de Deus com respeito a interesses eternos. ... CRA 72 2 O povo a quem Deus está dirigindo será um povo peculiar. Não se assemelhará ao mundo. Mas se seguirem as indicações de Deus, cumprirão o Seu propósito, e submeterão sua vontade à vontade dEle. Cristo habitará em seu coração. O templo de Deus será santo. Vosso corpo, diz o apóstolo, é o templo do Espírito Santo. CRA 72 3 Deus não requer de Seus filhos que se privem com prejuízo da força física. Requer deles que obedeçam à lei natural, a fim de ser preservada a saúde física. O caminho da Natureza é a estrada que Ele traça, e é ampla bastante para todo cristão. Deus, com mão pródiga, proveu-nos com ricas e variadas beneficências, para nosso sustento e deleite. Mas para que possamos desfrutar o apetite natural, que preservará a saúde e prolongará a vida, Ele coloca restrições ao apetite. Diz Ele: Cuidado; restrinja, negue o apetite antinatural. Se criamos um apetite pervertido, violamos as leis de nosso ser, e assumimos a responsabilidade do abuso de nosso corpo de acarretar enfermidade sobre nós próprios. -- Testimonies for the Church 3:61-64 (1872). O lugar da reforma de saúde CRA 72 4 99. A indiferença com que os livros de saúde têm sido tratados por muitos é uma ofensa a Deus. Separar a obra de saúde do grande corpo da obra não é ordem Sua. A verdade presente repousa na obra da reforma de saúde tanto quanto nos outros aspectos da obra do evangelho. Nenhum ramo, quando separado dos outros, pode ser um todo perfeito. CRA 73 1 O evangelho da saúde tem hábeis advogados, mas sua tarefa tem sido dificultada porque muitos pastores, presidentes de campo e outros em posições de influência, têm deixado de dar à questão da reforma de saúde a atenção que lhe é devida. Eles não têm reconhecido nela sua relação para com a obra da mensagem como o braço direito do corpo. Enquanto pouquíssima consideração tem sido mostrada a este departamento por muitos do povo, e por alguns do ministério, o Senhor tem mostrado por ela Sua consideração dando-lhe abundante prosperidade. CRA 73 2 Quando devidamente conduzida, a obra de saúde é uma cunha de penetração, abrindo caminho para que outras verdades alcancem o coração. Quando a mensagem do terceiro anjo for recebida em sua plenitude, a reforma de saúde terá o seu lugar nos concílios dos campos, no trabalho da igreja, no lar, à mesa e em todos os arranjos do lar. Então o braço direito terá utilidade e protegerá o corpo. CRA 73 3 Mas conquanto a obra de saúde tenha o seu lugar na proclamação da mensagem do terceiro anjo, seus advogados não devem de maneira nenhuma procurar que ela tome o lugar da mensagem. -- Testimonies for the Church 6:327 (1900). Necessidade de domínio próprio CRA 73 4 100. Um dos mais deploráveis efeitos da apostasia original, foi a perda do poder de domínio próprio, por parte do homem. Unicamente à medida que esse poder é reconquistado, pode haver real progresso. CRA 73 5 O corpo é o único agente pelo qual a mente e a alma se desenvolvem para a edificação do caráter. Daí o adversário das almas dirigir suas tentações para o enfraquecimento e degradação das faculdades físicas. Seu êxito neste ponto importa na entrega de todo o corpo ao mal. As tendências de nossa natureza física, a menos que estejam sob o domínio de um poder mais alto, hão de operar por certo ruína e morte. CRA 73 6 O corpo tem de ser posto em sujeição. As mais elevadas faculdades do ser devem dominar. As paixões devem ser regidas pela vontade, e esta deve, por sua vez, achar-se sob a direção de Deus. A régia faculdade da razão, santificada pela graça divina, deve ter o domínio em nossa vida. CRA 74 1 Os reclamos de Deus devem impressionar a consciência. Homens e mulheres precisam ser despertados para o dever do império de si mesmos, para a necessidade da pureza, a liberdade de todo aviltante apetite e todo hábito contaminador. Precisam ser impressionados com o fato de que todas as suas faculdades de mente e corpo, são dons de Deus, e destinam-se a ser preservadas nas melhores condições possíveis, para Seu serviço. -- A Ciência do Bom Viver, 129, 130 (1905). Pastores e povo devem agir em harmonia CRA 74 2 101. Uma importante parte da obra do ministério é apresentar fielmente ao povo a reforma de saúde, em sua relação com a mensagem do terceiro anjo, como parte e parcela da mesma obra. Não devem deixar de adotá-la eles mesmos, e devem apresentá-la insistentemente aos que professam crer na verdade. -- Testimonies for the Church 1:469, 470 (1867). CRA 74 3 102. A reforma de saúde, foi-me mostrado, é parte da mensagem do terceiro anjo, e com ela tão intimamente relacionada como o são o braço e a mão em relação ao corpo humano. Vi que nós como um povo precisamos progredir nesta grande obra. Pastores e povo devem agir em harmonia. O povo de Deus não está preparado para o alto clamor do terceiro anjo. Eles têm uma obra a fazer por si mesmos, a qual não devem deixar para que Deus faça por eles. Ele deixou esta obra para que eles a façam. É um trabalho individual; uma pessoa não pode fazê-lo para outra. -- Testimonies for the Church 1:486 (1867). Uma parte da mensagem, mas não a mensagem toda CRA 74 4 103. A reforma de saúde está intimamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo, mas ela não é a mensagem. Nossos pregadores devem ensinar a reforma de saúde, mas não devem fazer disto o tema predominante em lugar da mensagem. Seu lugar é entre aqueles assuntos que promovem a obra de preparação para enfrentar os acontecimentos previstos pela mensagem; entre esses ela é preeminente. Devemos sustentar toda reforma com zelo, mas devemos evitar a impressão de que somos vacilantes e sujeitos ao fanatismo. -- Testimonies for the Church 1:559 (1867). CRA 75 1 104. A reforma de saúde está tão intimamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo, como o braço está para com o corpo; mas o braço não pode tomar o lugar do corpo. A proclamação da mensagem do terceiro anjo, os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, eis o fardo de nossa obra. A mensagem deve ser proclamada em alta voz e deve ir a todo o mundo. A apresentação dos princípios de saúde deve estar unida a esta mensagem, mas não deve de maneira nenhuma ficar independente dela, ou tomar de alguma forma o seu lugar. -- Carta 57, 1896. Sua relação para com as instituições médicas CRA 75 2 105. Os sanatórios que se estabelecem devem estar íntima e inseparavelmente vinculados com o evangelho. O Senhor deu a instrução que o evangelho deve ser promovido; e o evangelho inclui a reforma de saúde em todas as suas fases. Nossa obra deve iluminar o mundo, pois este está cego aos movimentos que estão tomando lugar, preparando o caminho para as pragas que Deus permitirá venham sobre o mundo. Os fiéis atalaias de Deus devem dar a advertência. ... CRA 75 3 Deve a reforma de saúde salientar-se mais preeminente-mente na proclamação da mensagem do terceiro anjo. Os princípios da reforma de saúde encontram-se na Palavra de Deus. O evangelho da saúde deve estar firmemente associado com o ministério da Palavra. É desígnio do Senhor que a influência restauradora da reforma de saúde seja uma parte do último grande esforço para proclamar a mensagem evangélica. CRA 75 4 Nossos médicos devem ser obreiros de Deus. Devem ser homens cujas faculdades tenham sido santificadas e transformadas pela graça de Cristo. Sua influência deve estar entretecida com a verdade que se deve dar ao mundo. Em perfeita e completa união com o ministério do evangelho, a obra de reforma de saúde revelará seu divino poder. Sob a influência do evangelho, grandes reformas serão feitas pela obra médico-missionária. Mas separai do evangelho a obra médico-missionária, e a obra ficará mutilada. -- Manuscrito 23, 1901. CRA 76 1 106. Nossos sanatórios e nossas igrejas podem alcançar norma mais elevada e mais santa. A reforma de saúde deve ser ensinada e praticada por nosso povo. O Senhor está chamando para um reavivamento dos princípios da reforma de saúde. Os adventistas do sétimo dia têm uma obra especial a fazer como mensageiros que devem trabalhar pela alma e corpo dos homens. CRA 76 2 Cristo disse de Seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo." Nós somos o povo de Deus assim denominado, para proclamar as verdades de origem celestial. A obra mais solene, mais sagrada, já entregue aos mortais, é a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas ao mundo. Em nossas grandes cidades deve haver instituições de saúde que cuidem dos enfermos e ensinem os grandes princípios da reforma de saúde. -- Carta 146, 1909. Uma cunha de penetração CRA 76 3 107. Tenho sido instruída que não devemos demorar em fazer a obra que necessita ser feita no setor da reforma de saúde. Por intermédio desta obra devemos alcançar as almas nos caminhos e valados. -- Carta 203, 1905. CRA 76 4 108. Na providência do Senhor posso ver que a obra médico-missionária deve ser uma grande cunha de penetração, por meio da qual a alma enferma pode ser alcançada. -- [Tract] Conselhos Sobre Saúde, 535 (1893). Remove preconceito e aumenta a influência CRA 76 5 109. Muito do preconceito que impede a verdade do terceiro anjo de alcançar o coração do povo podia ser removido, se mais atenção fosse dada à reforma de saúde. Quando o povo se torna interessado neste assunto, o caminho fica muitas vezes preparado para a entrada de outras verdades. Se virem que somos inteligentes com relação à saúde, estarão mais prontos a crer que somos corretos também em doutrinas bíblicas. CRA 76 6 Este ramo da obra do Senhor não tem recebido a devida atenção, e por causa desta negligência muito se tem perdido. Se a igreja manifestasse maior interesse nas reformas pelas quais o próprio Deus está procurando prepará-los para a Sua vinda, sua influência seria muito maior do que é agora. Deus tem falado ao Seu povo, e deseja que ouçam e obedeçam a Sua voz. Embora a reforma de saúde não seja a terceira mensagem angélica, está com ela intimamente relacionada. Os que proclamam a mensagem devem ensinar também a reforma de saúde. É um assunto que precisamos compreender, a fim de estarmos preparados para os eventos que estão bem perto de nós, e ela deve ter um lugar de evidência. Satanás e seus instrumentos estão procurando embaraçar esta obra de reforma, e tudo farão para perturbar e sobrecarregar os que sinceramente nela se empenham. Todavia ninguém precisa ficar desencorajado quanto a isto, ou por causa disto cessar seus esforços. O profeta Isaías assim fala de uma característica de Cristo: "Não faltará nem será quebrantado, até que ponha na Terra o juízo." Portanto, não falemos de fracasso nem de desencorajamento, nós os Seus seguidores, mas lembremos o preço pago para que o homem ficasse livre e não perecesse, mas tivesse a vida eterna. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 121, 122 (1890). CRA 77 1 110. A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. -- Testimonies for the Church 9:112, 113 (1909); Obreiros Evangélicos, 348. ------------------------Capítulo 4 -- Regime alimentar apropriado Escolhido pelo criador CRA 81 1 111. A fim de saber quais são os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem. Aquele que criou o homem e lhe compreende as necessidades, designou a Adão o que devia comer: "Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente,... e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para mantimento." Ao deixar o Éden para ganhar a subsistência lavrando a terra sob a maldição do pecado, o homem recebeu também permissão para comer a "erva do campo". CRA 81 2 Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Estes alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual, que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante. -- A Ciência do Bom Viver, 295, 296 (1905). CRA 81 3 112. Deus deu a nossos primeiros pais o alimento que designara a raça comesse. Era contrário a Seu plano que qualquer criatura tivesse a sua vida tomada. Não devia haver morte no Éden. O fruto das árvores do jardim eram o alimento que as necessidades do homem requeriam. -- Spiritual Gifts 4:120 (1864). Retorno à vida simples CRA 81 4 113. É propósito do Senhor levar o Seu povo de volta ao viver simples de frutas, vegetais e cereais. ... Deus proveu frutos em seu estado natural para nossos primeiros pais. -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 5, 6 (1890). CRA 81 5 114. Deus está trabalhando em favor de Seu povo. Não deseja que fiquem sem recursos. Ele está levando-os de volta ao regime originalmente dado ao homem. Esse regime deve consistir de alimentos feitos do material que Ele proveu. O material usado para esses alimentos deve ser principalmente frutas, cereais e nozes, mas várias raízes também poderão ser usadas. -- Testimonies for the Church 7:125, 126 (1902). CRA 82 1 115. Repetidamente tem-se-me mostrado que Deus está trazendo de volta o Seu povo ao Seu desígnio original, isto é, que ele não dependa da carne de animais mortos. Ele gostaria que ensinássemos ao povo um caminho melhor. ... CRA 82 2 Se a carne for abandonada, se o gosto não for estimulado nessa direção, se a apreciação por frutas e cereais for encorajada, logo será como Deus no início desejou que fosse. Nenhuma carne será usada por Seu povo. -- Carta 3, 1884. Um auxílio para a aguda percepção CRA 82 3 116. Se já houve um tempo em que o regime alimentar deveria ser da espécie mais simples, esse tempo é agora. -- Testimonies for the Church 2:352 (1880). CRA 82 4 117. Deus deseja que os homens cultivem a força de caráter. Os que são meramente oportunistas não são os que receberão uma rica recompensa futura. Ele deseja que os que trabalham em Sua causa sejam homens de fina inteligência e aguda percepção. Devem ser temperantes no comer; comidas ricas e condimentadas não devem ter lugar em suas mesas; e quando o cérebro é constantemente sobrecarregado, e há falta de exercício físico, devem comer com parcimônia, mesmo em se tratando de alimentos simples. A clareza de mente e firmeza de propósito de Daniel, sua força de intelecto na aquisição de conhecimento, deveram-se em grande parte à simplicidade de seu regime alimentar, associado à sua vida de oração. -- Testimonies for the Church 4:515, 516 (1880). CRA 82 5 118. Meus queridos amigos, em vez de fazer um curso para combater enfermidades, estais acariciando-as e rendendo-vos a seu poder. Deveis evitar o uso de drogas, e observar cuidadosamente as leis de saúde. Se estimais vossa vida, deveis comer alimentos simples, preparados da maneira mais simples, e fazer mais exercícios físicos. Cada membro da família necessita dos benefícios da reforma de saúde. Mas o uso de drogas deve ser definitivamente abandonado; pois além de não curar qualquer mal, enfraquece o organismo, tornando-o mais susceptível a enfermidades. -- Testimonies for the Church 5:311 (1885). Evitando muito sofrimento CRA 83 1 119. Necessitais promover a reforma de saúde em vossa vida; negar-vos a vós mesmos e comer e beber para a glória de Deus. Abstende-vos das concupiscências carnais que combatem contra a alma. Precisais praticar a temperança em todas as coisas. Aqui está uma cruz da qual tendes fugido. É vossa tarefa confinar-vos a um regime simples, que vos preserve as melhores condições de saúde. Se tivésseis vivido na luz que o Céu permite brilhe em vosso caminho, muito sofrimento teria sido evitado para vossa família. Vossa própria conduta tem trazido inevitável resultado. Enquanto continuardes nesse caminho, Deus não virá a vossa família, nem vos abençoará de maneira especial ou operará um milagre para livrar vossa família de sofrimento. Um regime simples, livre de condimentos, de alimentos cárneos e gorduras de toda espécie, se demonstraria uma bênção para vós e pouparia a vossa esposa muito sofrimento, aflições e desalento. ... Estímulos a um viver simples CRA 84 2 A fim de prestar a Deus perfeito serviço, precisais ter clara concepção de Seus reclamos. Deveis usar os alimentos mais simples, preparados da mais simples maneira, para que os delicados nervos do cérebro não sejam debilitados, entorpecidos, ou paralisados, tornando-se-vos impossível discernir as coisas sagradas, e avaliar a expiação, o sangue purificador de Cristo, como acima de qualquer preço. "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles para alcançar uma coroa corruptível; nós porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." CRA 84 1 Se os homens, pela conquista de objeto tão sem valor como uma grinalda ou uma coroa de louros, sujeitam-se à temperança em todas as coisas, quanto mais dispostos não deviam estar em praticar abnegação aqueles que professam estar buscando não somente uma coroa de glória imortal, mas uma vida que deve durar tanto quanto o trono de Jeová, e riquezas que são eternas, honras que são imperecíveis, um eterno peso de glória. CRA 84 2 Os estímulos apresentados ante os que estão correndo a carreira cristã, não os levarão a praticar a abstenção e temperança em todas as coisas, para que possam manter suas propensões animais sob domínio, ter o corpo em sujeição, e controlar os apetites e paixões carnais? Assim poderão ser participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. -- Testimonies for the Church 2:45, 46 (1868). Recompensa da perseverança CRA 84 3 120. As pessoas que se têm habituado a um regime muito condimentado, altamente estimulante, têm um gosto não natural, e não podem logo apreciar o alimento simples. Levará tempo até que o gosto se torne natural, e o estômago se recupere do abuso sofrido. Mas os que perseveram no uso do alimento saudável, depois de algum tempo o acharão agradável ao paladar. Seu delicado e delicioso sabor será apreciado, e será ingerido com maior satisfação do que se pode encontrar em nocivas iguarias. E o estômago, numa condição saudável, nem febricitante nem sobrecarregado, está apto a se desempenhar mais facilmente de sua tarefa. -- A Ciência do Bom Viver, 298, 299. Devemos progredir CRA 84 4 121. Uma reforma no comer seria uma economia de gastos e trabalhos. As necessidades de uma família podem ser facilmente supridas, se satisfeitas com um regime saudável e simples. Alimentos ricos debilitam os órgãos do corpo e da mente. -- Spiritual Gifts 4:132 (1905). CRA 85 1 122. Devemos todos considerar que não deve haver extravagância em nenhum aspecto. Devemos sentir-nos satisfeitos com alimento simples, puro, preparado da maneira mais simples. Este deve ser o regime de grandes e humildes. Substâncias adulteradas devem ser evitadas. Estamo-nos preparando para a vida futura, imortal, no reino do Céu. Esperamos fazer nossa obra na luz e no poder do grande, do magno Médico. Todos devem desempenhar a parte de sacrifício pessoal. -- Carta 309, 1905. CRA 85 2 123. Muitos me perguntam: Qual o melhor procedimento a adotar para preservar minha saúde? Minha resposta é: Parai de transgredir as leis de vosso ser; deixai de satisfazer o apetite depravado, comei alimentos simples, vesti-vos saudavelmente, o que requererá modesta simplicidade, trabalho saudável, e não ficareis doentes. -- The Health Reformer, Agosto 1866. Regime alimentar nas reuniões campais CRA 85 3 124. Nada deve ser levado para a reunião campal, a não ser os artigos mais saudáveis, cozidos da maneira mais simples, isentos de quaisquer condimentos e gorduras. CRA 85 4 Estou convencida de que ninguém precisa ficar doente ao se preparar para as reuniões campais, se observarem as leis de saúde no preparo dos alimentos. Se não fizerem bolos ou tortas, mas fizerem pão de farinha integral, e preferirem frutas, em conserva ou secas, não precisam ficar doentes ao se prepararem para as reuniões e nem durante as reuniões. Ninguém deve passar todo o período de reuniões sem algum alimento quente. Há sempre fogões no local, onde o aquecimento se torna possível. CRA 85 5 Os irmãos e as irmãs não precisam ficar doentes no acampamento. Se se vestirem devidamente para o frio da manhã e da noite, e forem hábeis para variar o vestuário de acordo com as mudanças de temperatura, de maneira que a circulação seja mantida convenientemente, e observarem estrita regularidade no dormir e na ingestão de alimentos simples, nada consumindo entre as refeições, não terão de ficar doentes. Podem estar bem durante as reuniões, tendo a mente clara e capacitados para apreciar a verdade, podendo retornar a seus lares refrigerados no corpo e no espírito. Os que se têm empenhado em duro labor dia-a-dia, cessam agora suas atividades; não devem, portanto, comer a mesma quantidade usual de alimento. Se o fizerem, terão o estômago sobrecarregado. CRA 86 1 Desejamos ter nessas reuniões as faculdades cerebrais especialmente vigorosas e nas mais saudáveis condições, para ouvir a verdade, apreciá-la e retê-la; de forma que todos possam praticá-la em seu retorno da reunião. Se o estômago é sobrecarregado com muito alimento, embora de natureza simples, a força do cérebro é chamada em auxílio dos órgãos digestivos. Há sobre o cérebro uma sensação de obscurecimento. Torna-se quase impossível manter abertos os olhos. As próprias verdades que deviam ser ouvidas, entendidas e praticadas, são inteiramente perdidas pela indisposição, ou porque o cérebro está quase paralisado em conseqüência da quantidade de alimento ingerida. CRA 86 2 Eu aconselharia a todos a pôr alguma coisa quente no estômago, cada manhã pelo menos. Podeis fazer isto sem muito labor. Podeis fazer mingau de farinha integral. Se a farinha integral é demasiado grossa, peneirai-a, e adicionai-lhe leite enquanto o mingau está quente. Isto fará que o prato seja mais apetitoso e saudável para o acampamento. E se o pão está seco, ponde-o no mingau, e ele se tornará agradável. Não aprovo o comer muito alimento frio, porque então a vitalidade do organismo será reclamada para aquecer o alimento, até que ele se torne da mesma temperatura do estômago antes do trabalho de digestão começar. Outro prato muito simples, porém saudável, é feijão cozido ou assado. Diluí uma porção deles em água, adicionando leite ou creme, e fazei um caldo; o pão pode ser usado como no caso do mingau de farinha. -- Testimonies for the Church 2:602, 603 (1870). O lanche do piquenique CRA 86 3 125. Famílias que vivem em cidades ou vilas, unam-se e deixem as ocupações que as têm sobrecarregado física e mentalmente, e façam uma excursão ao campo, onde haja um lindo lago ou agradável bosque, e o cenário da Natureza seja belo. Devem prover-se com alimento simples e saudável, com as melhores frutas e cereais, e estender uma mesa sob a sombra de alguma árvore ou a céu descoberto. A viagem, o exercício e o cenário ativarão o apetite, podendo eles desfrutar uma refeição que faria inveja aos reis. -- Testimonies for the Church 1:514 (1867). CRA 87 1 126. Os que advogam a reforma de saúde, esforcem-se ferventemente por torná-la tudo que dizem ela ser. Evitem tudo que é prejudicial à saúde. Usem alimentos simples e saudáveis. Frutas são excelentes e dispensam muita cocção. Evitem suculentos pastéis, bolos e sobremesas requintadas, e outros pratos preparados para tentar o apetite. Comei espécies menos variadas de alimento numa refeição, e comei com agradecimento. -- Carta 135, 1902. Simplicidade em hospedar CRA 87 2 127. Em Sua própria vida, Cristo deu uma lição de hospitalidade. Quando rodeado pela multidão faminta à beira-mar, não os mandou para casa sem refrigério. Ele disse aos discípulos: "Dai-lhes vós de comer." Mateus 14:16. E, mediante um ato do poder criador, supriu alimento suficiente para satisfazer-lhes às necessidades. Todavia, quão simples foi a comida proporcionada! Nada de finas iguarias. Aquele que tinha à Sua disposição todos os recursos do Céu, poderia haver estendido diante do povo um opulento repasto. Supriu, no entanto, o que bastasse às necessidades deles, o que constituía o alimento diário dos pescadores nas proximidades do mar. CRA 87 3 Caso os homens fossem hoje simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da Natureza, haveria abundante provisão para todas as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias, e mais ensejos de trabalhar segundo a maneira de Deus. CRA 87 4 Cristo não procurava atrair os homens a Si, satisfazendo-lhes o desejo de manjares deliciosos. A simples refeição que Ele proveu, foi uma garantia, não somente de Seu poder mas de Seu amor, do terno cuidado que tinha por eles nas necessidades comuns da vida. -- Testimonies for the Church 6:345 (1900); Testemunhos Selectos 2:571, 572. CRA 87 5 128. Homens e mulheres que professam ser seguidores de Cristo, são muitas vezes escravos da moda e do apetite desordenado. No preparo para reuniões sociais, tempo e força, que deviam ser devotados a propósitos mais altos e mais nobres, são despendidos na confecção de uma variedade de pratos não saudáveis. Visto que é moda, muitos que são pobres e dependem de seu labor diário, vêem-se forçados a gastar no preparo de diferentes espécies de bolos confeitados, conservas, pastelaria e uma variedade de requintados alimentos para as visitas, e que somente podem causar dano aos que os ingerem, quando nessa mesma ocasião, necessitavam do dinheiro assim gasto para adquirir roupas para si e para os filhos. Esse tempo despendido no preparo de alimentos que satisfazem o gosto em prejuízo do estômago, devia ser gasto na instrução moral e religiosa dos filhos. CRA 88 1 Visitas sociais são transformadas em ocasião para glutonaria. Alimentos e bebidas danosos são usados em proporção tal que sobrecarregam os órgãos da digestão. As forças vitais são convocadas para ação desnecessária a fim de dar solução ao caso, o que produz exaustão e perturba em grande medida a circulação do sangue, e, como resultado, em todo o organismo é experimentada carência de energia vital. As bênçãos que poderiam resultar de visitas sociais são não raro perdidas, porque vosso anfitrião, em vez de ser beneficiado por vossa conversação, está ocupado no fogão preparando uma variedade de pratos para vosso regalo. Homens e mulheres cristãos jamais deviam permitir que sua influência abonasse tal conduta, ao participar de iguarias assim preparadas. Sejam eles levados a compreender que vosso objetivo ao visitá-los não é satisfazer o apetite, mas com eles associar-vos, pois uma permuta de pensamentos e sentimentos pode ser uma bênção mútua. A conversação deve ser de caráter elevado e enobrecedor, e que mais tarde seja lembrada com sentimentos do mais alto prazer. -- Healthful Living, 54, 55 (1865). CRA 88 2 129. Os que hospedam visitantes devem ter alimentos saudáveis, nutritivos, compostos de frutas, cereais e vegetais, preparados de maneira simples e apetitosa. Tais alimentos requererão apenas pouco trabalho e despesa extras em seu preparo, e, tomados em quantidades moderadas, não prejudicarão ninguém. Se pessoas mundanas escolhem sacrificar tempo, dinheiro e saúde, a fim de satisfazer ao apetite, que o façam, e paguem o preço da violação das leis da saúde; mas os cristãos devem tomar sua posição com respeito a essas coisas, e exercer sua influência na direção certa. Podem eles fazer muito para reformar esses costumes em voga, destruidores da saúde e da alma. -- Healthful Living, cap. 1, 55, 56 (1865). Visitas inesperadas CRA 89 1 130. Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isto não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família. CRA 89 2 Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. -- A Ciência do Bom Viver, 322 (1905). Pensar menos em alimentos temporais CRA 89 3 131. Precisamos meditar constantemente sobre a Palavra, comê-la, digeri-la e, pela prática diária, introduzi-la na corrente da vida. Aquele que diariamente se alimenta em Cristo, por seu exemplo ensinará outros a pensar menos no que comer, e sentir muito maior ansiedade pelo alimento que dão à alma. CRA 90 1 O verdadeiro jejum que se deve recomendar a todos, é a abstinência de toda espécie de alimento estimulante, e o uso apropriado de alimentos simples e saudáveis, por Deus providos em abundância. Os homens precisam pensar menos sobre o que comer e o que beber, com relação a alimentos temporais, e muito mais com respeito ao alimento do Céu, que dará tono e vitalidade a toda a experiência religiosa. -- Carta 73, 1896. Influência reformadora da vida simples CRA 90 2 132. Caso nos vestíssemos com trajes simples, modestos, sem atenção pelas modas; caso nossa mesa fosse em todo tempo provida com alimento simples e saudável, evitando-se todos os luxos, toda extravagância; caso construíssemos nossa casa com apropriada singeleza, e da mesma maneira fosse ela mobilhada, isto mostraria o santificante poder da verdade e exerceria notável influência sobre os incrédulos. Mas enquanto nos conformamos com os mundanos nestas coisas, parece que procurando às vezes mesmo excedê-los em fantasiosos arranjos, a pregação da verdade não terá senão pouco ou nenhum efeito. Quem acreditará na solene verdade para este tempo, quando os que já professam nela crer contradizem pelas obras sua fé? Não foi Deus que nos fechou as janelas do Céu, mas nossa própria conformidade com os costumes e práticas do mundo. -- Testimonies for the Church 5:206 (1882); Testemunhos Selectos 2:215. CRA 90 3 133. Foi por um milagre do divino poder que Cristo alimentou a multidão; todavia, quão humilde foi o mantimento provido -- unicamente os peixes e os pães de cevada que eram o sustento diário dos pescadores da Galiléia. CRA 90 4 Cristo poderia haver proporcionado ao povo um rico repasto, mas comida preparada meramente para satisfação do apetite não lhes teria transmitido nenhuma lição para seu benefício. Por meio deste milagre, Cristo desejava ensinar uma lição de simplicidade. Se os homens de hoje fossem de hábitos simples, vivendo em harmonia com as leis da Natureza, como viviam Adão e Eva, no princípio, haveria abundante provisão para as necessidades da família humana. Mas o egoísmo e a condescendência com o apetite trouxeram pecado e miséria, por excesso de um lado, e do outro por escassez. -- A Ciência do Bom Viver, 47 (1905). CRA 91 1 134. Se os que professam ser cristãos usassem menos de sua riqueza em adornar o corpo e em embelezar suas próprias casas, e consumissem menos em mesa luxuosa e extravagante que destrói a saúde, colocariam no tesouro do Senhor somas maiores. Imitariam assim seu Redentor, que deixou o Céu, Suas riquezas e Sua glória, e por amor de nós Se fez pobre, para que pudéssemos ter riquezas eternas. -- Testimonies for the Church 3:401 (1875). Não é questão sem importância CRA 91 2 135. Só porque é errado comer apenas para satisfazer ao apetite pervertido, não se deve inferir daí que devemos ser indiferentes em relação ao nosso alimento. Esta é uma questão da mais alta importância. Ninguém deve adotar um regime paupérrimo. Muitos são debilitados por enfermidades e precisam de alimento bem preparado e nutritivo. Os reformadores de saúde, mais que todos, devem ter o cuidado de evitar os extremos. O corpo precisa ter suficiente nutrimento. O Deus que dá a Seus amados o sono proveu-lhes também alimentação apropriada para manter-lhes o sistema físico em condições saudáveis. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 49, 50; Conselhos Sobre Saúde, 118 (1890). CRA 91 3 136. Para termos boa saúde, é necessário que tenhamos bom sangue; pois este é a corrente da vida. Ele repara os desgastes e nutre o corpo. Quando provido dos devidos elementos de alimentação e purificado e vitalizado pelo contato com o ar puro, leva a cada parte do organismo vida e vigor. Quanto mais perfeita a circulação, tanto melhor se realizará esse trabalho. -- A Ciência do Bom Viver, 271 (1905). Generosa provisão de Deus CRA 92 1 137. Deus proveu o homem com abundantes meios para a satisfação de apetite não pervertido. Diante dele o Senhor espalhou os produtos da terra, uma generosa variedade de alimentos saudáveis ao gosto e nutritivos para o organismo. Deles diz nosso benevolente Pai celestial que podemos comer livremente. Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, isentos de condimento e de gordura de qualquer espécie, juntamente com leite ou creme fazem o mais saudável regime. Comunicam nutrimento ao corpo, e dão capacidade de resistência e vigor de intelecto que não são produzidos por regime estimulante. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 47; Conselhos Sobre Saúde, 114, 115 (1870). CRA 92 2 138. Nos cereais, nas frutas, nas verduras e nas nozes, encontram-se todos os elementos alimentares de que necessitamos. Se viermos ao Senhor em simplicidade de mente, Ele nos ensinará como preparar alimentos saudáveis, livres da contaminação de alimentos cárneos. -- Manuscrito 27, 1906. Regime alimentar pobre desacredita a reforma de saúde CRA 92 3 139. Alguns de nosso povo conscienciosamente se abstêm de ingerir alimento impróprio, e ao mesmo tempo negligenciam comer o alimento que proveria os elementos necessários à manutenção conveniente do corpo. Não demos jamais testemunho contra a reforma de saúde por deixar de usar alimentos saudáveis e apetitosos em lugar dos alimentos danosos que temos dispensado. Muito tato e discrição deve-se empregar no preparo de alimentação nutriente que tome o lugar da que tem constituído o regime de muitas famílias. Este esforço requer fé em Deus, firmeza de propósito e disposição de ajudar uns aos outros. Um regime carente dos elementos próprios de nutrição traz descrédito sobre a causa da reforma de saúde. Somos mortais, e precisamos suprir-nos de alimentos que dêem ao nosso corpo o necessário sustento. -- Carta 135, 1902. CRA 93 1 140. Analisai vossos hábitos dietéticos. Investigai da causa para o efeito, mas não deis falso testemunho contra a reforma de saúde, seguindo ignorantemente um procedimento que milita contra ela. Não negligencieis vosso corpo, nem dele abuseis, tornando-o incapaz de prestar a Deus aquele serviço que Lhe é devido. Estou inequivocamente certa de que alguns dos mais serviçais obreiros de nossa causa morreram em virtude desta negligência. Cuidar do corpo, provendo-lhe alimento que seja apetecível e revigorante, é um dos primeiros deveres da dona-de-casa. Muito melhor é ter roupas e mobiliário menos dispendiosos do que reduzir o suprimento necessário à mesa. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 58; Conselhos Sobre Saúde, 155, 156 (1890). Ajustando o regime às necessidades individuais CRA 93 2 141. No uso dos alimentos devemos exercer discernimento e bom senso. Ao percebermos que certo alimento nos não convém, não precisamos escrever cartas de consulta para aprender a causa do distúrbio. Mudemos a dieta; usemos menor quantidade de alguns alimentos; experimentemos outras preparações. Logo saberemos o efeito que sobre nós têm certas combinações. Como seres inteligentes, estudemos individualmente os princípios e usemos a nossa experiência e discernimento para decidir quanto e que alimentos mais nos convém. -- Testimonies for the Church 7:133, 134 (1902). CRA 93 3 142. Deus nos tem dado ampla variedade de comidas saudáveis, e cada pessoa deve escolher dentre elas aquelas que a experiência e o são juízo demonstram ser as mais convenientes às suas próprias necessidades. CRA 93 4 As abundantes provisões de frutas, nozes e cereais da Natureza, são amplas; e de ano para ano os produtos de todas as terras são mais geralmente distribuídos por todos, devido às facilidades de transporte. Em resultado, muitos artigos de alimentação que, poucos anos atrás, eram considerados como luxos dispendiosos, encontram-se agora ao alcance de todos, como gêneros diários. Este é especialmente o caso com frutas secas e em conservas. -- A Ciência do Bom Viver, 297 (1905). Apropriado às estações e clima CRA 94 1 143. Os alimentos usados devem corresponder ao clima. Alguns alimentos próprios para um país, poderão não ser de maneira nenhuma adequados para outro lugar. -- Carta 14, 1901. CRA 94 2 144. Mas nem todas as comidas saudáveis em si mesmas são igualmente adequadas a nossas necessidades em todas as circunstâncias. Deve haver cuidado na seleção do alimento. CRA 94 3 Nossa comida deve ser de acordo com a estação, o clima em que vivemos, e a ocupação em que nos empregamos. Certas comidas apropriadas para uma estação ou um clima, não o são para outro. Assim há diferentes comidas mais adequadas às pessoas segundo as várias ocupações. Muitas vezes alimentos que podem ser usados com proveito por pessoas que se empenham em árduo labor físico, não são próprios para as de trabalho sedentário, ou de intensa aplicação mental. Deus nos tem dado ampla variedade de comidas saudáveis, e cada pessoa deve escolher dentre elas aquelas que a experiência e o são juízo demonstram ser as mais convenientes às suas próprias necessidades. -- A Ciência do Bom Viver, 296, 297 (1905). Alimentos nutrientes encontrados em todas as partes CRA 94 4 145. Progridamos com inteligência na simplificação de nosso regime. Na providência de Deus, cada país produz artigos alimentares que contêm o nutrimento necessário para a construção do organismo. Esses produtos podem ser transformados em pratos saudáveis e apetitosos. -- Carta 135, 1902. CRA 94 5 146. Se planejarmos sabiamente, os artigos conducentes à boa saúde podem ser obtidos em quase todas as terras. Os vários artigos preparados de arroz, trigo, milho e aveia são enviados para toda parte, bem como feijões, ervilhas e lentilhas. Estes, juntamente com as frutas nacionais ou importadas, e a quantidade de verduras que dão em todas as localidades, oferecem oportunidade de escolher um regime dietético completo, sem o uso de alimentos cárneos. ... Onde quer que as frutas secas como passas, ameixas, maçãs, pêras, pêssegos e abricós se podem obter por moderado preço, verificar-se-á que se podem usar como artigos principais de regime, muito mais abundantemente do que se costuma fazer, com os melhores resultados para a saúde de todas as classes. -- A Ciência do Bom Viver, 299 (1905). Nos climas tropicais CRA 95 1 147. Nos climas muito quentes, deve dar-se ao obreiro, seja em que setor for que trabalhe, menos atividade do que num clima mais ameno. O Senhor nos recorda que somos apenas pó. ... CRA 95 2 Quanto menor for a quantidade de açúcar introduzida na alimentação, em seu preparo, menor a dificuldade experimentada em virtude do calor do clima. -- Carta 91, 1898. Necessário tato no ensino da reforma de saúde CRA 95 3 148. A fim de fazermos nosso trabalho de maneira simples e correta, precisamos reconhecer as condições a que a família humana está sujeita. Deus fez provisões para os que vivem nos diferentes climas do mundo. Os que desejam ser cooperadores de Deus precisam considerar com muito cuidado como ensinar a reforma de saúde na grande vinha de Deus. Precisam proceder com cautela ao especificar precisamente que alimentos devem ou não devem ser comidos. O mensageiro humano precisa unir-se com o divino Ajudador ao apresentar a mensagem de misericórdia às multidões que Deus gostaria de salvar. -- Carta 37, 1901. CRA 95 4 149. Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde abundam as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. -- Testemunhos Selectos 3:359 (1909). CRA 96 1 150. O Senhor quer que os que vivem em países onde é possível obterem-se frutas frescas em grande parte do ano, se compenetrem da bênção que têm nessas frutas. Quanto maior for o uso que fizermos de frutas frescas, tais como são apanhadas da árvore, maior será a bênção. -- Testimonies for the Church 7:126 (1902); Testemunhos Selectos 3:134. Certeza de direção divina CRA 96 2 151. O Senhor ensinará a muitos, em toda parte do mundo, a combinar frutas, cereais e verduras numa alimentação que sustenha a vida e não produza doença. Os que nunca viram as receitas dos alimentos saudáveis que agora há a venda, procederão inteligentemente com experimentar os alimentos que a terra produz, e ser-lhes-á concedido entendimento no tocante a esses produtos. O Senhor lhes mostrará o que fazerem. Aquele que concede perícia e sabedoria ao Seu povo numa parte do mundo, concederá perícia e sabedoria ao Seu povo noutras partes do mundo. É Seu desígnio que as preciosidades alimentares de cada país sejam preparadas de forma tal que possam ser usadas nos países a que se destinam. Assim como Deus forneceu do Céu o maná para o sustento dos filhos de Israel, também dará ao Seu povo, em diferentes lugares, perícia e sabedoria para usarem os produtos desses países no preparo de alimentos que substituam a carne. -- Testimonies for the Church 7:124, 125 (1902); Testemunhos Selectos 3:132. CRA 96 3 152. É desígnio divino que em toda parte homens e mulheres sejam animados a desenvolver seus talentos pelo preparo de alimentos saudáveis dos produtos em estado natural, oriundos da sua própria região do país. Se recorrerem a Deus, exercendo perícia e habilidade sob a guia do Seu Espírito, aprenderão a transformar em alimentos saudáveis os produtos em estado natural. Conseguirão, dessa forma, ensinar os pobres a proverem-se de alimentos que substituirão a alimentação cárnea. Os que assim forem auxiliados, poderão por sua vez instruir outros. Semelhante trabalho será, ainda, feito com zelo e energia consagrados. Caso houvesse sido feito anteriormente, haveria hoje muito mais pessoas na verdade, e outras tantas que poderiam ministrar instruções. Aprendamos qual é o nosso dever, e depois façamo-lo. Não devemos ficar na dependência de outros e incapacitados, confiando noutros para o trabalho que Deus nos confiou a nós. -- Testimonies for the Church 7:133 (1902); Testemunhos Selectos 3:136. ------------------------Capítulo 5 -- Fisiologia da digestão Recompensa em respeitar as leis da natureza CRA 101 1 153. O respeito demonstrado no trato adequado do estômago, será recompensado em clareza de pensamento e força de mente. Vossos órgãos digestivos vos não serão prematuramente desgastados para darem testemunho contra vós. Devemos mostrar que apreciamos a inteligência que Deus nos deu, pelo comer, estudar e trabalhar de maneira sábia. É um sagrado dever que sobre nós impende, o de manter o corpo em estado tal que nos permita ter o hálito agradável e puro. Devemos apreciar a luz que Deus nos tem dado sobre a reforma de saúde, refletindo por palavra e por prática sobre outros, clara luz com relação a este assunto. -- Carta 274, 1908. Efeitos físicos do comer em demasia CRA 101 2 154. Que influência tem sobre o estômago o comer em demasia? Ele se torna debilitado, os órgãos digestivos são enfraquecidos, e as enfermidades, com toda a sua carga de males, são produzidas como resultado. Se as pessoas já estavam doentes antes, aumentam sobre si as dificuldades, e reduzem sua vitalidade cada dia. Para se haverem com o alimento que levaram para o estômago, convocam suas faculdades vitais a desnecessária ação. -- Testimonies for the Church 2:364 (1870). CRA 101 3 155. Não raro esta intemperança é sentida para logo na forma de dor de cabeça, indigestão e cólica. Sobre o estômago fora posta uma carga da qual ele não pode dar conta, sobrevindo um senso de opressão. A cabeça está pesada, o estômago em rebelião. Mas esses resultados nem sempre se seguem ao comer demasiado. Em alguns casos o estômago fica paralisado. Nenhuma sensação de dor é sentida, mas os órgãos digestivos perdem sua força vital. O fundamento da maquinaria humana é gradualmente minado, e a vida torna-se muito desagradável. -- Carta 73a, 1896. CRA 102 1 156. Eu vos aconselho a tornar-vos abstêmio em vosso regime dietético. Estai certo de que como sentinela cristã racional, guardais as portas de vosso estômago, nada permitindo passar por vossos lábios que se torne inimigo de vossa saúde e de vossa vida. Deus vos faz responsável pela obediência à luz que vos tem dado sobre a reforma de saúde. O afluxo de sangue à cabeça deve ser superado. Há grandes vasos sanguíneos nos membros para o fim de distribuir a corrente vital a todas as partes do corpo. O fogo que acendeis no estômago está transformando vosso cérebro numa fornalha incandescente. Comei com muito mais parcimônia, e comei alimentos simples, que não requeiram tempero pesado. Vossas paixões animais devem ser obstadas, não animadas ou alimentadas. A congestão do sangue no cérebro está fortalecendo os instintos animais e enfraquecendo as faculdades espirituais. ... CRA 102 2 O que necessitais é menos alimento temporal e mais alimento espiritual, mais do pão da vida. Quanto mais simples vosso regime, melhor será para vós. -- Carta 142, 1900. Embaraça a maquinaria CRA 102 3 157. Meu irmão, tendes muito a aprender. Sois condescendente com o apetite, comendo mais do que vosso organismo pode transformar em bom sangue. É pecado ser intemperante na quantidade de alimento ingerido, mesmo que seja de qualidade inobjetável. Muitos acham que se não comerem carne e os mais extravagantes artigos de alimentação, estão livres para comer dos alimentos simples até que não agüentem mais. Isto é um erro. Muitos professos reformadores de saúde são nada menos que glutões. Colocam sobre os órgãos digestivos uma carga tão grande que a vitalidade do organismo é exaurida no esforço para livrar-se dela. Isto tem também influência depressiva sobre o intelecto; pois as faculdades nervosas do cérebro são convocadas para assistir o estômago em seu trabalho. Comer em demasia, mesmo que se trate de alimentos simples, insensibiliza os nervos sensitivos do cérebro, enfraquecendo sua vitalidade. O comer em excesso exerce sobre o organismo um efeito pior que o trabalhar em excesso; as energias da alma são mais efetivamente prostradas pelo comer intemperante do que pelo trabalho intemperante. CRA 103 1 Os órgãos digestivos nunca devem ser sobrecarregados com quantidade ou qualidade de alimentos para cuja apropriação o organismo sofra uma sobretaxa. Tudo que é introduzido no estômago, além daquilo que o organismo pode usar e converter em bom sangue, embaraça a maquinaria, pois não pode ser transformado em carne ou sangue, e sua presença sobrecarrega o fígado, e produz no organismo uma condição mórbida. O estômago é sobrecarregado em seus esforços por dar cabo do excesso, havendo então um senso de langor, o qual é interpretado como se fora fome, e sem permitir aos órgãos digestivos tempo suficiente para repousar de seu estrênuo labor, de molde a recuperar as energias, outra quantidade imoderada é levada ao estômago, pondo a exausta maquinaria outra vez em movimento. O organismo recebe menos nutrimento de tão grande quantidade de alimento, embora de boa qualidade, do que receberia da quantidade moderada tomada em períodos regulares. A digestão ajudada por exercício moderado CRA 103 2 Meu irmão, vosso cérebro está entorpecido. Um homem que consome a quantidade de alimento que ingeris, deve ser um homem que trabalhe ativamente. O exercício é importante para a digestão, bem como para a saudável condição do corpo e da mente. Necessitais de exercício físico. Movimentais-vos e agis como se fôsseis de pau, como quem não possui nenhuma elasticidade. Exercício ativo, saudável, é o que necessitais. Isto revigorará a mente. Nem em estudo nem em exercício violento deve-se empenhar imediatamente após uma lauta refeição; isto seria uma violação das leis do organismo. Imediatamente após a refeição há uma forte carga sobre a energia nervosa. A força do cérebro é chamada ao exercício ativo, a fim de assistir o estômago; logo, quando a mente ou o corpo são taxados pesadamente depois da refeição, o processo de digestão é embaraçado. A vitalidade do organismo, necessária à condução do trabalho numa direção, é desviada e posta a operar em outra direção. -- Testimonies for the Church 2:412, 413 (1870). CRA 103 3 158. O exercício ajuda ao dispéptico, dando aos órgãos digestivos um tono saudável. Empenhar-se em estudo profundo ou exercício violento imediatamente após a refeição, perturba o processo digestivo, pois a vitalidade do organismo, necessária para promover o trabalho da digestão, é desviada para outras partes. Mas uma breve caminhada após a refeição, com a cabeça ereta e os ombros para trás, num moderado exercício, é grandemente benéfico. A mente é desviada do eu para as belezas da Natureza. Quanto menos atenção se desviar para o estômago, tanto melhor. Se estiverdes em constante temor de que o alimento vos faça mal, certamente ele o fará. Esquecei vossos problemas; pensai em coisas alegres. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 101 (1890). Benefícios do ar puro CRA 104 1 159. A influência de ar puro e fresco é no sentido de promover a circulação do sangue de maneira saudável através de todo o organismo. Ele refresca o corpo e tende a torná-lo forte e saudável, ao mesmo tempo que sua influência é de maneira decidida sentida sobre a mente, propiciando-lhe certa medida de calma e serenidade. Ele ativa o apetite e torna a digestão do alimento mais perfeita, permitindo sono saudável e tranqüilo. -- Testimonies for the Church 1:702 (1868). CRA 104 2 160. Deve-se conceder aos pulmões a maior liberdade possível. Sua capacidade se desenvolve pela liberdade de ação; diminui, se eles são constrangidos e comprimidos. Daí os maus efeitos do hábito tão comum, especialmente em trabalhos sedentários, de ficar todo dobrado sobre a tarefa em mão. Nesta postura é impossível respirar profundo. A respiração superficial torna-se em breve um hábito, e os pulmões perdem a capacidade de expansão. Idêntico efeito é produzido por qualquer constrição. Não se proporciona assim espaço suficiente à parte inferior do peito; os músculos abdominais, destinados a auxiliar na respiração, não desempenham plenamente seu papel, e os pulmões são restringidos em sua ação. CRA 104 3 Assim é recebida uma deficiente provisão de oxigênio. O sangue move-se lentamente. Os resíduos, matéria venenosa que devia ser expelida nas exalações dos pulmões, são retidos, e o sangue se torna impuro. Não somente os pulmões, mas o estômago, o fígado e o cérebro são afetados. A pele torna-se pálida, é retardada a digestão; o coração fica deprimido; o cérebro nublado; confusos os pensamentos; baixam sombras sobre o espírito; todo organismo se torna deprimido e inativo, e especialmente suscetível à doença. -- A Ciência do Bom Viver, 272, 273 (1905). Prejudicado por regime líquido CRA 105 1 161. Se vossa saúde física não tivesse sido enfraquecida, ter-vos-íeis tornado uma mulher eminentemente útil. Por muito tempo tendes estado doente, e isto vos tem afetado a imaginação de tal forma que vossos pensamentos têm-se concentrado em vós mesma, e a imaginação afetou o corpo. Em muitos aspectos vossos hábitos não têm sido bons. Vosso alimento não tem sido correto nem na qualidade e nem na quantidade. Tendes comido liberalmente e alimento de pobre qualidade, o que se não tem convertido em bom sangue. Haveis educado o estômago para esta espécie de regime. Isto, segundo vosso discernimento, era o melhor, porque imagináveis dele provir o mínimo de desconforto. Mas esta não foi uma experiência correta. Vosso estômago não estava recebendo aquele vigor que devia receber de vossa alimentação. Tomado em estado líquido, vosso alimento não vos podia dar vigor de saúde ou tono ao organismo. Mas quando mudardes este hábito, e comerdes mais alimentos sólidos e menos alimentos líquidos, vosso estômago sentir-se-á desconfortado. Não obstante isto, não deveis render-vos a este ponto; deveis educar o estômago para suportar mais sólido regime alimentar. -- Testimonies for the Church 3:74 (1872). CRA 105 2 162. Eu lhes disse que o preparo de sua alimentação estava errado, e que viver unicamente na dependência de sopas, café e pão não significava reforma de saúde; que tamanha quantidade de líquido levada ao estômago não era saudável, e todos que se mantinham na base de semelhante regime colocavam um grande encargo sobre os rins, e que tanta substância aquosa debilitava o estômago. CRA 105 3 Eu estava absolutamente convencida de que muitos no estabelecimento estavam sofrendo com indigestão em virtude de comer esta espécie de alimento. Os órgãos digestivos ficaram debilitados e o sangue empobrecido. Sua refeição matinal consistia em café e pão com acréscimo de calda de ameixa. Isto não era saudável. O estômago, após o repouso e o sono, estava melhor capacitado a cuidar de uma alimentação substancial do que quando cansado pelo trabalho. O almoço então consistia em sopa, algumas vezes carne. O estômago é pequeno, mas o apetite, insatisfeito, participa largamente deste alimento líquido; assim é sobrecarregado. -- Carta 9, 1887. Alimentos aquecidos mas não quentes CRA 106 1 163. Eu aconselharia a todos a porem no estômago cada manhã, pelo menos, alguma coisa aquecida. Podeis fazer isto sem muito trabalho. -- Testimonies for the Church 2:603 (1870). CRA 106 2 164. Bebidas quentes não são exigidas, salvo como remédio. O estômago é grandemente prejudicado por grandes quantidades de alimentos e bebidas quentes. Assim é que a garganta e os órgãos digestivos, e por intermédio deles os outros órgãos do corpo, ficam debilitados. -- Carta 14, 1901. A força vital exaurida por alimentos frios CRA 106 3 165. A comida não deve ser ingerida muito quente nem muito fria. Se está fria, as forças vitais do estômago são chamadas a fim de aquecê-las antes de ter começo o processo digestivo. Bebidas frias, pelo mesmo motivo, são prejudiciais; por outro lado o uso copioso de bebidas quentes é debilitante. -- A Ciência do Bom Viver, 305 (1905). CRA 106 4 166. Muitos erram em beber água fria às refeições. O alimento não deve ser misturado com água. Tomada às refeições, a água reduz o fluxo de saliva; e quanto mais fria a água, maior o dano causado ao estômago. Limonada ou água geladas, tomadas às refeições, retardarão a digestão até que o organismo tenha provido suficiente calor ao estômago, habilitando-o a retomar o seu trabalho. Mastigai devagar, permitindo que a saliva se misture com o alimento. CRA 106 5 Quanto mais líquido se coloca no estômago às refeições, mais difícil se torna a digestão do alimento; pois o líquido precisa primeiro ser absorvido. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 51; Conselhos Sobre Saúde, 119, 120 (1890). Advertência a pessoas ocupadas CRA 107 1 167. Sou instruída a dizer aos obreiros de nossos sanatórios e aos professores e estudantes de nossas escolas que há necessidade de nos precavermos na questão do apetite. Há o perigo de nos tornarmos relaxados neste particular, e de deixarmos nossos cuidados e responsabilidades nos absorverem de tal maneira que não tomemos tempo para nos alimentar como devíamos. Minha mensagem para vós é: Tomai tempo para comer e não acumuleis no estômago quantidade grande de alimentos numa só refeição. Comer apressadamente e várias espécies de alimentos numa só refeição é erro grave. -- Carta 274, 1908. Comer devagar e mastigar bem CRA 107 2 168. A fim de assegurar saudável digestão, o alimento deve ser comido vagarosamente. Os que quiserem evitar a dispepsia, e os que compreendem a obrigação que têm de conservar todas as suas faculdades em condições que lhes permitam prestar a Deus o melhor serviço, farão bem em se lembrar disto. Se vosso tempo para comer é limitado, não comais apressadamente, mas comei menos, e mastigai devagar. O benefício derivado do alimento não depende tanto da quantidade de comida, quanto da digestão completada; nem a satisfação do paladar depende tanto da quantidade de alimento engolido quanto depende do tempo que o mesmo permanece na boca. Os que são excitados, ansiosos ou apressados, fariam bem em não comer até que tivessem encontrado tranqüilidade ou repouso; pois as faculdades vitais, já duramente sobrecarregadas, não podem suprir os necessários fluidos digestivos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 51, 52; Conselhos Sobre Saúde, 120 (1890). CRA 107 3 169. A comida deve ser ingerida devagar, completamente mastigada. Isto é necessário, a fim de a saliva ser devidamente misturada com o alimento, e os sucos digestivos chamados à ação. -- A Ciência do Bom Viver, 305 (1905). Uma lição a ser repetida CRA 107 4 170. Se nos dedicamos ao trabalho de restauração da saúde, é necessário então restringir o apetite, comer devagar e somente uma variedade limitada em cada refeição. Esta instrução precisa ser repetida freqüentemente. Não está em harmonia com os princípios da reforma de saúde ter muitos pratos diferentes numa só refeição. -- Carta 27, 1905. CRA 108 1 171. Grande cuidado deve tomar-se quando se faz a mudança de um regime cárneo para o vegetariano, suprindo-se a mesa com alimento sabiamente preparado, bem cozido. Tomar mingau demais é um erro. Muito mais preferível é o alimento seco, que requer mastigação. Os alimentos saudáveis são uma bênção a este respeito. Bom pão integral e roscas, preparados de maneira simples embora com mais penoso esforço, serão saudáveis. O pão nunca deve ter o mais leve sinal de azedume. Deve ser cozido até que esteja completamente assado. Assim evitar-se-á que fique mole e pegajoso. CRA 108 2 Para os que podem usá-los, bons vegetais, preparados de maneira saudável, são melhores do que mingaus ou sopas. Frutas usadas com pão integralmente cozido de dois ou três dias é mais saudável do que pão fresco. Isto, mais a mastigação lenta e completa, fornecerão tudo que o organismo requer. -- Manuscrito 3, 1897. CRA 108 3 172. Para fazer roscas, utilizai água tépida e leite, ou um pouco de creme; fazei uma massa rija, e batei-a como se fosse para bolachas. Assai na grelha do forno. Ficam brandas e deliciosas. Reclamam integral mastigação, o que vem a ser um benefício tanto para os dentes como para o estômago. Provêem sangue bom e comunicam força. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1883. Evitai ansiedade desnecessária CRA 108 4 173. É impossível prescrever o peso e a quantidade de alimento que se deve comer. Não é aconselhável seguir este processo, pois assim procedendo a mente torna-se auto-centralizada. O comer e o beber tornam-se por demais uma questão de pensamento. ... Há muitos que têm levado uma pesada carga de responsabilidade quanto à quantidade e qualidade de alimento melhor adaptado ao organismo. Alguns, especialmente dispépticos, têm-se afligido tanto com respeito ao seu cardápio que não tomam suficiente alimento para nutrir o organismo. Eles têm causado grande dano à casa em que vivem, e tememos tenham-se prejudicado a si mesmos para esta vida. -- Carta 142, 1900. CRA 109 1 174. Alguns andam continuamente ansiosos de que seu alimento, embora simples e são, lhes possa fazer mal. Seja-me permitido dizer a estes: Não penseis que vossa comida vos vai fazer mal; não penseis absolutamente nela. Comei segundo vosso melhor discernimento; e havendo pedido ao Senhor que vos abençoe o alimento para revigorar o corpo, crede que Ele escuta a oração, e ficai descansados. -- A Ciência do Bom Viver, 321 (1905). CRA 109 2 175. Outro mal sério é comer em ocasiões impróprias, como depois de violento e excessivo exercício, quando uma pessoa se encontra exausta ou aquecida. Logo depois da comida há forte demanda das energias nervosas; e quando a mente ou o corpo é muito sobrecarregado justo antes ou logo depois de comer, prejudica-se a digestão. Quando uma pessoa está agitada, ansiosa, ou apressada, é melhor não comer enquanto não descansar ou obtiver alívio. CRA 109 3 O estômago está intimamente relacionado com o cérebro; e quando ele está doente, a força nervosa é chamada do cérebro em auxílio dos enfraquecidos órgãos digestivos. Sendo estas exigências demasiado freqüentes, o cérebro fica congestionado. Se este é constantemente sobrecarregado, e há falta de exercício físico, mesmo a comida simples deve ser tomada parcimoniosamente. Na hora da refeição, expulsai o cuidado e os pensamentos ansiosos; não estejais apressados, mas comei devagar e satisfeitos, o coração cheio de gratidão para com Deus por todas as Suas bênçãos. -- A Ciência do Bom Viver, 306 (1905). Combinação de alimentos CRA 109 4 176. O conhecimento sobre a conveniente combinação de alimentos é de grande valor, e deve ser recebido como sabedoria de Deus. -- Carta 213, 1902. CRA 109 5 177. Não tenhais à mesa, numa mesma refeição, variedade muito grande de alimentos; três ou quatro pratos são o bastante. Na refeição seguinte podeis ter uma mudança. Deve a cozinheira apelar para suas faculdades inventivas a fim de variar os pratos que prepara para a mesa, não devendo o estômago ser compelido a tomar as mesmas espécies de alimentos refeição após refeição. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. CRA 110 1 178. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas todas as refeições não devem constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. -- Testimonies for the Church 2:63 (1868); Testemunhos Selectos 1:195. CRA 110 2 179. Seria muito melhor comer apenas duas ou três diferentes espécies numa refeição do que lotar o estômago com muitas variedades. -- Carta 73a, 1896. CRA 110 3 180. Muitos ficam doentes por condescendência para com o apetite. ... São introduzidas no estômago muitas variedades cujo resultado é a fermentação. Esta condição produz enfermidade aguda, seguindo-se freqüentemente a morte. -- Manuscrito 86, 1897. CRA 110 4 181. A variedade de alimentos numa mesma refeição produz indisposição, e destrói os benefícios que cada artigo, se tomado sozinho, traria ao organismo. Esta prática produz constante sofrimento, e muitas vezes a morte. -- Carta 54, 1896. CRA 110 5 182. Se vosso trabalho é sedentário, fazei exercício cada dia, e em cada refeição comei apenas duas ou três espécies de alimentos simples, destes não comendo mais do que o suficiente para satisfazer aos reclamos da fome. -- Carta 73a, 1896. CRA 110 6 183. Criam-se perturbações mediante combinações impróprias de alimentos; há fermentação; o sangue fica contaminado e o cérebro confuso. CRA 110 7 O hábito de comer em demasia, ou de comer demasiada variedade de alimentos na mesma refeição, causa freqüentemente dispepsia. Sério dano é assim causado aos delicados órgãos digestivos. Em vão protesta o estômago, e apela para o cérebro a fim de que raciocine da causa para o efeito. A quantidade excessiva de alimento ingerido, ou a sua combinação imprópria, faz a sua obra prejudicial. Em vão dão sua advertência os avisos desagradáveis. O sofrimento é a conseqüência. A doença toma o lugar da saúde. -- Testemunhos Selectos 3:197 (1902). Guerra dentro do estômago CRA 111 1 184. Outra causa de má saúde e ineficiência no trabalho, é a má digestão. É impossível ao cérebro trabalhar da melhor maneira quando os órgãos digestivos são maltratados. Muitos comem apressadamente de várias espécies de comida, as quais estabelecem um conflito no estômago, confundindo assim o cérebro. -- Obreiros Evangélicos, 241 (1915). CRA 111 2 185. Não é bom tomar grande quantidade de alimentos numa só refeição. Quando frutas e pão, juntamente com vários outros alimentos que não se combinam, são acumulados no estômago numa mesma refeição, que podemos esperar senão que se criarão distúrbios? -- Manuscrito 3, 1897. CRA 111 3 186. Muitos comem depressa demais. Outros comem numa só refeição alimentos que não se combinam. Se homens e mulheres tão-somente se lembrassem de quão grandemente afligem a alma quando afligem o estômago, e de como é Cristo profundamente desonrado quando se abusa do estômago, seriam corajosos e abnegados, dando ao estômago oportunidade para recobrar sua ação salutar. Enquanto estamos à mesa podemos fazer obra médico-missionária mediante comer e beber para glória de Deus. -- Manuscrito 93, 1901. Estômagos pacíficos e disposição pacífica CRA 111 4 187. Devemos cuidar de nossos órgãos digestivos, e não impor-lhes grande variedade de alimentos. Aquele que se empanturra com muitas espécies de alimentos numa só refeição, está causando dano a si próprio. É mais importante que comamos o que se harmoniza conosco do que provarmos de cada prato que é posto diante de nós. Não há em nosso estômago uma porta pela qual possamos ver o que vai lá dentro; assim, devemos usar nossa mente e raciocinar da causa para o efeito. Se vos sentis excitados, parecendo que tudo vai mal, talvez seja porque estais sofrendo as conseqüências de comer grande variedade de alimentos. CRA 112 1 Os órgãos digestivos desempenham parte importante na felicidade de nossa vida. Deus nos deu inteligência, para que pudéssemos saber o que usar como alimento. Não devíamos nós, como homens e mulheres ajuizados, analisar se o que comemos é próprio ou irá nos causar danos? Pessoas que têm azia, possuem em geral má disposição. Tudo parece ser-lhes contrário, e eles são inclinados a tornarem-se mal-humorados e irritáveis. Se deve haver paz entre nós, devemos dedicar mais atenção à questão de ter um estômago pacífico. -- Manuscrito 41, 1908. Frutas e verduras CRA 112 2 188. Não deve haver grande variedade em cada refeição, pois isto incita ao excesso na comida, e produz má digestão. CRA 112 3 Não é bom comer verduras e frutas na mesma refeição. Se a digestão é deficiente, o uso de ambas ocasionará, com freqüência, perturbação incapacitando para o esforço mental. Melhor é usar as frutas numa refeição, e as verduras em outra. CRA 112 4 O cardápio deve ser variado. Os mesmos pratos, preparados da mesma maneira, não devem aparecer à mesa refeição após refeição, dia após dia. O alimento é tomado com mais prazer, e o organismo mais bem nutrido quando é variado. -- A Ciência do Bom Viver, 299, 300 (1905). Sobremesas requintadas e verduras CRA 112 5 189. Pudins, cremes, bolos, doces e verduras, tudo servido numa mesma refeição, trará transtornos ao estômago. -- Carta 142, 1900. CRA 112 6 190. Necessitais manter em vossa casa a mais apropriada espécie de auxílio no trabalho de preparar vosso alimento. Em horas da noite, parecia que o pastor _____ ficava doente, e um médico experimentado vos disse: "Eu anotei o vosso regime alimentar. Comeis variedade muito grande de alimentos numa só refeição. Frutas e verduras consumidas juntas na mesma refeição produzem acidez estomacal; daí resulta sangue impuro, e a mente não é clara porque a digestão é imperfeita." Deveis compreender que cada órgão do corpo deve ser tratado com respeito. Em questão de regime alimentar, deveis raciocinar da causa para o efeito. -- Carta 312, 1908. Açúcar e leite CRA 113 1 191. De ordinário se usa demasiado açúcar no alimento. Bolos, pudins, pastelarias, geléias, doces, são a causa ativa de má digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos. -- A Ciência do Bom Viver, 301 (1905). CRA 113 2 192. Alguns usam leite com grande quantidade de açúcar no mingau, pensando que estão com isto praticando a reforma de saúde. Mas o açúcar e o leite combinados são responsáveis pela produção de fermentação no estômago, sendo, pois, prejudiciais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 57; Conselhos Sobre Saúde, 154 (1890). Misturas ricas e complicadas CRA 113 3 193. Quanto menos condimentos e sobremesas forem postos em nossas mesas, melhor será para todos que participam do alimento. Todo alimento misturado e complicado é prejudicial à saúde do ser humano. Os mudos animais jamais comeriam misturas como as que muitas vezes são levadas ao estômago humano. ... CRA 113 4 Alimentos requintados e complicadas misturas são destruidores da saúde. -- Carta 72, 1896. ------------------------Capítulo 6 -- Alimentação imprópria, causa de doenças Herança e degenerescência CRA 117 1 194. O homem surgiu das mãos do seu Criador perfeito em estrutura e belo na forma. O fato de ter ele resistido por seis mil anos o constante crescimento dos fardos da doença e do crime é prova cabal do poder de resistência com a qual foi dotado no princípio. E embora os antediluvianos de modo geral se entregassem sem reservas ao pecado, passaram-se mais de dois mil anos para que a violação da lei natural fosse acentuadamente sentida. Não tivesse Adão originalmente possuído maior poder físico do que os homens possuem agora, e a presente raça ter-se-ia tornado extinta. CRA 117 2 Através de sucessivas gerações, desde a queda, a tendência tem sido continuadamente descendente. A doença têm sido transmitida de pais a filhos por sucessivas gerações. Mesmo as criancinhas de berço sofrem em conseqüência dos males originados pelos pecados dos seus pais. CRA 117 3 Moisés, o primeiro historiador, dá-nos um bem definido relato da vida social e individual nos primeiros tempos da história do mundo, mas não encontramos qualquer registro de que uma criança tenha nascido cega, surda, paraplégica ou imbecil. Nenhum exemplo é relatado de morte natural na infância, meninice ou adolescência. As notas de óbitos que se encontram no livro de Gênesis, rezam assim: "E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos; e morreu." "E foram todos os dias de Sete, novecentos e doze anos; e morreu." Com respeito a outros, o registro diz: "E morreu em boa velhice, farto de dias." Era tão raro alguém morrer antes de seu pai, que tal ocorrência foi considerada digna de registro: "E morreu Arã,... estando Terá, seu pai, ainda vivo." Os patriarcas de Adão a Noé, com poucas exceções, viveram aproximadamente mil anos. Desde então a média de longevidade tem decrescido. CRA 117 4 Por ocasião do primeiro advento de Cristo, a raça já se havia degenerado de tal maneira que não somente os velhos, mas também os de meia-idade e os jovens eram trazidos de todas as cidades ao Salvador, para serem curados de suas enfermidades. Muitos padeciam sob o peso de miséria indescritível. CRA 118 1 A violação da lei física, com as conseqüências de sofrimento e morte prematura, têm prevalecido por tanto tempo que esses resultados são tidos na conta de sorte inevitável da humanidade; mas Deus não criou a raça em tão debilitada condição. Este estado de coisas não é obra da Providência, mas do homem. Foi ele ocasionado pelos maus hábitos -- pela violação das leis que Deus fez para governar a vida do homem. A continuada transgressão das leis da Natureza é uma permanente transgressão da lei de Deus. Tivessem os homens sido sempre obedientes à lei dos Dez Mandamentos, procurando viver os princípios desses preceitos, a maldição das enfermidades que agora inundam o mundo não existiria. CRA 118 2 "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." Quando os homens seguem qualquer direção que consome desnecessariamente sua vitalidade ou que lhes obscurece o intelecto, pecam contra Deus; não O glorificam no corpo e no espírito que Lhe pertencem. CRA 118 3 Muito embora o insulto que o homem Lhe tem feito, o amor de Deus ainda se estende à raça; e Ele permite que a luz brilhe, capacitando o homem a ver que, para que possa viver uma vida perfeita, ele precisa obedecer às leis naturais que lhe governam o ser. Quão importante é então que o homem ande nessa luz, exercitando todas as suas faculdades, tanto do corpo como da mente, para a glória de Deus! CRA 118 4 Achamo-nos em um mundo contrário à retidão ou à pureza de caráter, e especialmente ao crescimento na graça. Em tudo que olhamos, observamos poluição e corrupção, deformidade e pecado. Quão oposto é tudo isso à obra que deve ser executada em nós justamente antes de recebermos o dom da imortalidade! Os eleitos de Deus devem permanecer incontaminados em meio da corrupção prevalecente ao seu redor nestes últimos dias. Seu corpo deve tornar-se santo, puro seu espírito. Se esta obra deve ser realizada, deve ela ser empreendida imediatamente, zelosa e inteligentemente. O Espírito de Deus terá que exercer perfeito controle, influenciando cada ação. ... CRA 119 1 Os homens poluíram o templo da alma e Deus os conclama a despertarem e esforçar-se com todas as suas energias para reconquistar sua varonilidade dada por Deus. Coisa alguma a não ser a graça de Deus pode convencer e converter o coração; somente dEle podem os escravos dos hábitos obter força para romper as algemas que os prendem. É impossível ao homem apresentar o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, enquanto persistir na condescendência com hábitos que o privam do vigor físico, mental e moral. De novo diz o apóstolo: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 7-11; Conselhos Sobre Saúde, 19-23 (1890). Ignorância voluntária das leis da vida CRA 119 2 195. A estranha ausência de princípios que caracterizam esta geração, e que pode ser observada em seu desrespeito às leis da vida e da saúde, é de causar pasmo. Prevalece a ignorância sobre este assunto, enquanto a luz está brilhando em torno deles. No que respeita à maioria, sua principal preocupação é: Que comerei? Que beberei e com que me vestirei? Não obstante tudo que é dito e escrito sobre como devemos tratar nosso corpo, o apetite é a grande lei que governa homens e mulheres em geral. CRA 119 3 As faculdades morais são enfraquecidas, porque os homens e as mulheres não vivem em obediência às leis da saúde, nem fazem deste assunto um dever pessoal. Os pais transmitem a seus descendentes seus próprios hábitos pervertidos, e enfermidades repulsivas poluem o sangue e deprimem o cérebro. A maioria dos homens e mulheres permanecem na ignorância das leis de seu ser, e toleram o apetite e as paixões às expensas do intelecto e da moral, e parecem dispostos a permanecer na ignorância do resultado de sua violação das leis da Natureza. Toleram o depravado apetite no uso de venenos lentos, que contaminam o sangue e solapam as forças nervosas, e em conseqüência acarretam sobre si enfermidade e morte. Seus amigos chamam ao resultado desta conduta a dispensação da Providência. Nisto insultam o Céu. Rebelaram-se contra as leis da Natureza, e sofreram a punição deste procedimento abusivo. Sofrimento e mortalidade predominam agora por toda parte, especialmente entre as crianças. Quão grande é o contraste entre esta geração e os que viveram durante os primeiros dois mil anos! -- Testimonies for the Church 3:140, 141 (1872). Resultados sociais do apetite descontrolado CRA 120 1 196. A natureza protestará contra toda transgressão das leis da vida. Ela suporta os abusos até onde pode; mas finalmente vem a retribuição e recai tanto sobre as faculdades físicas como sobre as mentais. Nem finda com o transgressor; os efeitos de sua tolerância são vistos em sua descendência, e o mal se transmite de geração a geração. CRA 120 2 A juventude de hoje é uma segura indicação do futuro da sociedade; e vendo essa juventude, que podemos esperar para o futuro? Na maioria são amigos de divertimentos e avessos ao trabalho. Falta-lhes coragem moral para negarem-se a si mesmos e atenderem aos reclamos do dever. Eles têm apenas pouco domínio próprio e ficam excitados e irados nas menores oportunidades. Muitos em cada idade ou fase da vida não possuem princípio ou consciência; e com os seus hábitos e ociosidade e dissipação entregam-se aos vícios e corrompem a sociedade, até que nosso mundo se torne uma segunda Sodoma. Se os apetites e paixões estivessem sob o controle da razão e da religião, a sociedade apresentaria um aspecto inteiramente diverso. Jamais foi desígnio de Deus que a presente lamentável condição de coisas existisse; ela existe como resultado da brutal violação das leis da Natureza. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 44, 45; Conselhos Sobre Saúde, 112 (1890). Violadas as leis natural e espiritual CRA 120 3 197. A muitos dos aflitos que foram curados, disse Cristo: "Não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior." João 5:14. Assim ensinou que a doença é o resultado da violação das leis de Deus, tanto naturais como espirituais. Não existiria no mundo a grande miséria que há, se tão-somente os homens vivessem em harmonia com o plano do Criador. CRA 121 1 Cristo fora o guia e mestre do antigo Israel, e ensinara-lhe que a saúde é o prêmio da obediência às leis divinas. O grande Médico que curava os doentes da Palestina, falara a Seu povo da coluna de nuvem, dizendo-lhe o que devia fazer, e o que Deus faria por ele. "Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus", disse, "e obrares o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre os egípcios; porque Eu sou o Senhor que te sara." Êxodo 15:26. Cristo deu a Israel definidas instruções acerca de seus hábitos de vida, e assegurou-lhe: "E o Senhor de ti desviará toda a enfermidade." Deuteronômio 7:15. Quando cumpriam as condições, verificavam-se as promessas. "Entre as suas tribos não houve um só enfermo." Salmos 105:37. CRA 121 2 Estas lições são para nós. Há condições que devem ser observadas por todos os que queiram conservar a saúde. Cumpre aprenderem todos quais são essas condições. Deus não Se agrada da ignorância com respeito a Suas leis, sejam naturais, sejam espirituais. Devemos ser coobreiros Seus, para restauração da saúde do corpo bem como da alma. -- O Desejado de Todas as Nações, 824 (1898). Sofrimento procurado CRA 121 3 198. A família humana tem atraído sobre si enfermidades de várias espécies, em virtude de seus próprios hábitos errôneos. Não tem procurado saber como viver de maneira saudável, e sua transgressão das leis tem produzido um deplorável estado de coisas. Raramente as pessoas têm atribuído os seus sofrimentos a sua verdadeira causa -- seu próprio mau procedimento. São condescendentes na intemperança no comer, e fazem do apetite um deus. Em todos os seus hábitos têm eles manifestado descuido em relação à saúde e à vida; e quando, como resultado, são acometidos de enfermidades, procuram crer que Deus é o autor disto, quando sua própria conduta má propiciou o inevitável resultado. -- Healthful Living, 49 (1866). CRA 122 1 199. A moléstia nunca vem sem causa. O caminho é preparado, e a doença convidada, pela desconsideração para com as leis da saúde. Muitos sofrem em conseqüência da transgressão dos pais. Conquanto não sejam responsáveis pelo que seus pais fizeram, é no entanto seu dever procurar verificar o que é e o que não é violação das leis da saúde. Devem evitar os hábitos errôneos de seus pais, e mediante uma vida correta, colocar-se em melhores condições. CRA 122 2 O maior número, todavia, sofre devido a sua própria direção errônea. Desatendem aos princípios sanitários por seus hábitos de comer e beber, vestir e trabalhar. Sua transgressão das leis da natureza produz os infalíveis resultados; e ao sobrevir-lhes a doença, muitos não atribuem seu sofrimento à verdadeira causa, mas murmuram contra Deus por causa de suas aflições. Mas Deus não é responsável pelo sofrimento que se segue ao menosprezo da lei natural. ... CRA 122 3 A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. -- A Ciência do Bom Viver, 234, 235 (1905). Enfermidades seguem a condescendência para com o apetite CRA 122 4 200. Muitas pessoas chamam sobre si a doença pela condescendência consigo mesmas. Não têm vivido segundo as leis naturais ou os princípios da estrita pureza. Outros têm desconsiderado as leis da saúde em seus hábitos de comer e beber, vestir ou trabalhar. -- A Ciência do Bom Viver, 227 (1905). CRA 122 5 201. A mente não se gasta nem se abate tanto em resultado de diligente aplicação e duro estudo, como em virtude de comer alimentos impróprios em horas impróprias, e pelo descuido e desatenção às leis da saúde. ... Estudo diligente não é a principal causa da debilitação das faculdades mentais. A causa principal é o regime dietético inapropriado, refeições irregulares, falta de exercício físico. Comer e dormir em horas irregulares minam as forças cerebrais. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. CRA 123 1 202. Muitos estão sofrendo, e muitos estão indo para a sepultura, por causa de condescendência com o apetite. Comem o que mais satisfaça ao seu pervertido paladar, assim enfraquecendo os órgãos digestivos e prejudicando sua faculdade de assimilar o alimento que deve sustentar a vida. Isto produz enfermidade aguda, e não raro segue-se a morte. O delicado organismo do corpo é gasto por práticas suicidas daqueles que têm a obrigação de saber melhor. CRA 123 2 As igrejas devem ser firmes e fiéis à luz que Deus tem dado. Cada membro deve trabalhar inteligentemente a fim de afastar de sua vida prática todo apetite pervertido. -- Testimonies for the Church 6:372, 373 (1900). Preparando o caminho para a embriaguez CRA 123 3 203. Muitas vezes a intemperança começa no lar. Pelo uso de alimentos condimentados, não saudáveis, enfraquecem-se os órgãos digestivos, criando-se um desejo de comida ainda mais estimulante. Assim se educa o apetite a desejar continuamente alguma coisa mais forte. A exigência dessas substância torna-se mais freqüente e mais irresistível. O organismo enche-se mais ou menos de venenos, e quanto mais debilitado se torna, tanto maior o desejo dessas coisas. Um passo dado na direção errada, prepara o caminho para outro. Muitas pessoas que não seriam culpadas de pôr à mesa vinho ou bebida alcoólica de qualquer espécie, enchê-la-ão de comidas que criam tal sede de bebida forte, que quase impossível é resistir à tentação. Os hábitos errôneos no comer e no beber, destroem a saúde e preparam o caminho para a embriaguez. -- A Ciência do Bom Viver, 334 (1905). Fígado doente por causa do regime errôneo CRA 123 4 204. No último sábado, ao estar eu falando, vossa face pálida apareceu-me distintamente, como me havia sido mostrada. Vi vossa condição de saúde, e os males que tendes sofrido por tanto tempo. Foi-me mostrado que não tendes vivido de maneira saudável. Vosso apetite tem sido mórbido, e tendes satisfeito o paladar às expensas do estômago. Levais para o estômago artigos impossíveis de serem convertidos em bom sangue. Isto tem acarretado pesado encargo ao fígado, visto estarem os órgãos digestivos desarranjados. Ambos estais doentes do fígado. A reforma de saúde seria de grande proveito a vós ambos, se a praticásseis estritamente. Mas haveis falhado em fazê-lo. Vosso apetite é mórbido, e porque não apreciais um regime simples, natural, composto de farinha integral, verduras e frutas preparadas sem condimento ou gordura, estais continuamente transgredindo as leis que Deus estabeleceu em vosso organismo. Enquanto fizerdes isto, tereis de sofrer as penalidades; pois para cada transgressão está fixada uma pena. Admirais-vos, contudo, da continuada pobreza de vossa saúde. Podeis estar certos de que Deus não irá operar um milagre para salvar-vos dos resultados de vossa própria conduta. ... Alimentos requintados e estado febril CRA 124 1 Não há tratamento que vos possa libertar de vossas presentes dificuldades enquanto comeis e bebeis como estais fazendo. Podeis fazer por vós mesmos aquilo que nem o médico mais experiente pode fazer jamais. Regulai vosso regime. Para satisfazer ao gosto, freqüentemente colocais sobre os órgãos digestivos severa carga, ao levar para o estômago alimentos que não são os mais saudáveis, e muitas vezes em quantidades exageradas. Isto desgasta o estômago, inabilitando-o para receber até mesmo os alimentos mais saudáveis. Tendes o estômago de contínuo debilitado, em virtude de vossos errôneos hábitos no comer. Fazeis vossa alimentação demasiado opulenta. Não é ela preparada de maneira simples, natural, mas é totalmente imprópria para o estômago quando a preparais tendo em vista satisfazer o paladar. A natureza é sobrecarregada, e procura resistir aos vossos esforços para estropiá-la. Calafrios e febre são o resultado dessa tentativa de libertar-se do peso que lhe impondes. Tendes de sofrer a penalidade da violação da lei natural. Deus estabeleceu em vosso organismo leis que não podeis violar sem sofrer a punição. Tendes consultado o gosto sem pensar na saúde. Haveis feito algumas mudanças, mas haveis dado apenas os primeiros passos na reforma do regime. Deus requer de nós temperança em todas as coisas. "Portanto quer comais, ou bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus." Culpando a providência CRA 125 1 De todas as famílias que conheço, nenhuma necessita mais dos benefícios da saúde do que vós outros. Gemeis de dor e prostração que não sabeis a que atribuir, e procurais submeter-vos com a máxima boa vontade, achando que o sofrimento é a sorte que a Providência determinou. Se pudésseis ter vossos olhos abertos, e pudésseis ver os passos dados em vossa vida e que levaram diretamente ao vosso presente estado de precária saúde, haveria de vos causar espanto vossa cegueira em não ver antes o estado real do caso. Tendes criado apetite antinatural, e não desfrutais de vosso alimento metade do prazer que teríeis se não houvésseis usado erradamente vosso apetite. Tendes natureza pervertida, e estais sofrendo as conseqüências, e que dolorosas elas têm sido! O preço de uma "boa refeição" CRA 125 2 A natureza suporta os abusos sem resistência, até onde pode; então desperta e faz forte esforço para libertar-se dos embaraços e maus tratos que tem sofrido. Sobrevêm então dor de cabeça, calafrios, febre, nervosismo, paralisias e outros males demasiado numerosos para serem mencionados. Uma conduta errada no comer ou beber acaba com a saúde e com isto o prazer da vida. Oh, quantas vezes tendes tomado o que chamais uma boa refeição, às expensas de um organismo febricitante, perda de apetite e perda de sono! Incapacidade de desfrutar uma boa alimentação, noite mal dormida, horas de sofrimento -- tudo por causa de uma refeição em que o gosto foi satisfeito! CRA 125 3 Milhares têm sido tolerantes com seu pervertido apetite, comendo uma boa refeição, como chamam, e como resultado tem portado febre, ou alguma outra enfermidade aguda, e morte certa. Esse foi um prazer adquirido a elevado preço. No entanto muitos têm feito isto, e esses assassinos de si mesmos têm sido louvados por seus amigos e pelo ministro, e conduzidos diretamente ao Céu após sua morte. Que pensamento! Glutões no Céu! Não, não; tais pessoas jamais entrarão pelos portais de pérola da cidade dourada de Deus. Jamais serão exaltadas à mão direita de Jesus, o precioso Salvador, o Homem sofredor do Calvário, cuja vida foi de constante abnegação e sacrifício. Há um lugar indicado para tais pessoas entre os indignos, aqueles que não têm parte na vida melhor, a herança imortal. -- Testimonies for the Church 2:67-70 (1868). Efeitos da alimentação imprópria sobre a disposição CRA 126 1 205. Muitos defraudam sua disposição pelo comer impróprio. Devemos ser tão cuidadosos em aprender as lições da reforma de saúde como o somos em ter nossos estudos devidamente preparados; pois os hábitos que adotamos nesta direção ajudam a formar nosso caráter para a vida futura. É possível a alguém danificar sua experiência pelo uso mórbido do estômago. -- Carta 274, 1908. Apelos para reforma CRA 126 2 206. Onde tem havido condescendência com hábitos errôneos, não deve haver demora em reformá-los. Quando a dispepsia tem sido o resultado do mau trato infligido ao estômago, façam-se cuidadosos esforços para conservar o resto da resistência das forças vitais, afastando toda sobrecarga. Talvez o estômago nunca recupere inteiramente a saúde depois de longo tempo de mau trato; mas uma correta orientação no regime dietético poupará posterior debilidade, e muitos se recuperarão mais ou menos. Não é fácil prescrever regras que se adaptem a todos os casos; mas, atendendo aos sãos princípios no comer, podem-se operar grandes reformas, e a cozinheira não precisa labutar continuamente para tentar o apetite. CRA 126 3 A sobriedade na alimentação é recompensada com vigor mental e moral, é também eficaz no domínio das paixões. -- A Ciência do Bom Viver, 308 (1905). CRA 126 4 207. Deve-se escolher o alimento que melhor proveja os elementos necessitados para a edificação do organismo. Nesta escolha, não é guia seguro o apetite. Mediante hábitos de comer, o apetite se tornou pervertido. Muitas vezes exige alimento que prejudica a saúde e a enfraquece em lugar de avigorá-la. Não nos podemos guiar com segurança pelos hábitos da sociedade. A doença e o sofrimento que por toda parte dominam, são em grande parte devidos a erros populares com referência ao regime alimentar. -- A Ciência do Bom Viver, 295 (1905). CRA 127 1 208. Somente quando dermos atenção inteligente aos princípios do viver saudável, seremos habilitados a ver os males que resultam do regime impróprio. Os que, depois de reconhecerem seus erros, tiverem coragem para reformar seus hábitos, hão de experimentar que o processo da reforma exige lutas e muita perseverança. Uma vez educados os gostos, porém, reconhecerão que o uso de alimentos que antes haviam considerado inofensivos, estivera, pouco a pouco, mas de modo seguro, lançando bases para a dispepsia e outras moléstias. -- Testemunhos Selectos 3:360 (1909). CRA 127 2 209. Deus requer de Seu povo crescimento progressivo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação da alma. Apesar de sua adesão à reforma do regime alimentar, muitos seguem regime impróprio. A transigência com o apetite é a causa principal da debilidade física e mental, e é em grande parte responsável pela fraqueza e morte prematura de muitos. Todo indivíduo que aspira à pureza de espírito, deve ter sempre presente que em Cristo há virtude para vencer o apetite. -- Testemunhos Selectos 3:357 (1909). ------------------------Capítulo 7 -- O comer em demasia Um pecado comum, mas sério CRA 131 1 210. Sobrecarregar o estômago é um pecado comum, e quando se usa demasiado alimento, todo o organismo é sobrecarregado. A vida e vitalidade, em vez de aumentar, diminuem. É assim como Satanás planeja. O homem utiliza suas forças vitais no desnecessário trabalho de cuidar de excesso de alimentos. CRA 131 2 Por tomar demasiado alimento, não apenas gastamos descuidadamente as bênçãos de Deus, providas para as necessidades da natureza, mas causamos grande dano a todo o organismo. Contaminamos o templo de Deus, que é enfraquecido e mutilado; e a natureza não pode fazer o seu trabalho bem e sabiamente, como Deus designara que fosse. Em virtude de egoística condescendência para com o seu apetite, o homem tem pressionado as faculdades da natureza, forçando-a a realizar um trabalho que jamais deveria ser forçada a executar. CRA 131 3 Estivessem todos os homens familiarizados com a viva maquinaria humana, e poderiam não ser culpados de fazer isto, a menos, claro, que amassem de tal maneira a condescendência consigo mesmos, que preferissem continuar sua conduta suicida e morrer morte prematura, ou viver durante anos como um fardo para si mesmos e para seus amigos. -- Carta 17, 1895. Obstruindo a maquinaria humana CRA 131 4 211. É possível comer sem moderação, mesmo os alimentos saudáveis. Não se deve pensar que, pelo fato de haver alguém deixado o uso de artigos prejudiciais do regime alimentar, deva comer tanto quanto lhe aprouver. O alimentar-se em excesso, não importa qual a qualidade do alimento, atrapalha a máquina viva e a estorva assim em seu trabalho. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 51; Conselhos Sobre Saúde, 119 (1890). CRA 131 5 212. A intemperança no comer, mesmo que seja alimentos saudáveis, terá efeito danoso sobre o organismo, e embotará as faculdades mentais e morais. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1887. CRA 132 1 213. Quase todos os membros da família humana comem mais do que o organismo requer. Este excesso se deteriora e torna-se uma massa pútrida. ... Se é posto no estômago mais alimento do que requer a maquinaria viva, mesmo que seja alimento de boa qualidade, o excesso torna-se um fardo. O organismo faz desesperados esforços para eliminá-lo, e este trabalho extra causa uma sensação de cansaço e fadiga. Alguns que estão de contínuo comendo chamam a isto sensação de fome, mas é causada pela condição de sobrecarga dos órgãos digestivos. -- Carta 73a, 1896. CRA 132 2 214. Fadigas e preocupações desnecessárias são criadas pelo desejo de fazer alarde ao hospedar visitas. A dona-de-casa trabalha excessivamente a fim de preparar grande variedade para a mesa; por causa dos muitos pratos preparados, os hóspedes comem demais; e doença e sofrimento, provenientes do demasiado trabalho, de um lado, e de comer excessivamente do outro, eis o resultado. Esses elaborados banquetes são um fardo e um dano. -- Testimonies for the Church 6:343 (1900); Testemunhos Selectos 2:570. CRA 132 3 215. Banquetes de glutonaria, e alimentos postos no estômago fora de horas, deixam sua influência sobre cada fibra do organismo; e a mente é também seriamente afetada pelo que comemos e bebemos. -- The Health Reformer, Junho de 1878. CRA 132 4 216. Cerrada aplicação ao trabalho duro é prejudicial ao crescimento estrutural do jovem; mas onde centenas têm prejudicado sua constituição unicamente por trabalhar demais, a inatividade, o comer demasiado, a delicada indolência têm semeado as sementes de enfermidades no organismo de milhares que estão indo rápida e seguramente para o declínio. -- Testimonies for the Church 4:96 (1876). Glutonaria, uma ofensa capital CRA 132 5 217. Alguns não exercem controle sobre seu apetite, mas satisfazem o gosto às expensas da saúde. Como resultado, o cérebro é obscurecido, os pensamentos ficam tardos, e eles deixam de realizar o que poderiam se tivessem sido controlados e abstêmios. Essas pessoas privam a Deus de suas forças físicas e mentais que podiam ser devotadas ao Seu serviço se tivessem observado temperança em todas as coisas. CRA 133 1 Paulo foi um reformador de saúde. Disse ele: "Subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." Ele compreendia que sobre si repousava a responsabilidade de preservar toda a sua força e faculdades, para que pudesse usá-las para glória de Deus. Se Paulo corria o perigo de intemperança, nós corremos perigo ainda maior, porque não sentimos e compreendemos como ele a necessidade de glorificar a Deus em nosso corpo e em nosso espírito, os quais Lhe pertencem. Comer demais é o pecado deste século. CRA 133 2 A Palavra de Deus coloca o pecado de glutonaria na mesma categoria que a embriaguez. Tão ofensivo era este pecado à vista de Deus que Ele deu indicações a Moisés de que um filho que não pudesse ser restringido quanto ao apetite, mas que se empanturrasse com tudo que desejasse o seu paladar, devia ser levado pelos pais aos juízes de Israel, para que fosse apedrejado e morto. A condição de um glutão era considerada sem esperança. De nenhuma utilidade seria ele para outros, sendo uma maldição para si mesmo. Em coisa alguma se poderia depender dele. Sua influência estaria sempre contaminando a outros, e o mundo seria melhor sem essa espécie de caráter; pois seus terríveis defeitos poderiam perpetuar-se. Ninguém que possua o senso de sua responsabilidade diante de Deus permitirá que as propensões animais controlem a razão. Os que isto fazem não são cristãos, não importa quem sejam ou quão exaltada seja sua profissão de fé. A injunção de Cristo é: "Sede vós perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está no Céu." Aqui Ele nos mostra que podemos ser tão perfeitos em nossa esfera quanto o é Deus na Sua. -- Testimonies for the Church 4:454, 455 (1880). O costume de pratos em série incita à gulodice CRA 133 3 218. Muitas pessoas que rejeitam a carne e outros pesados e nocivos artigos pensam que porque sua comida é simples e sã, elas podem condescender com o apetite sem restrições, comendo excessivamente, por vezes até a gulodice. Isto é um erro. Os órgãos digestivos não devem ser sobrecarregados com uma quantidade ou qualidade de alimento que torne pesado ao organismo o digeri-lo. CRA 134 1 O costume determina que a comida seja trazida para a mesa por séries. Não sabendo o que vem depois, uma pessoa pode comer bastante de um prato que talvez não lhe seja o mais conveniente. Quando a última parte é apresentada, ela se arrisca muitas vezes a ultrapassar um pouco os limites, e aceita a tentadora sobremesa, o que, no entanto, não se lhe demonstra nada bom. Se toda a comida de uma refeição é posta na mesa ao princípio, a pessoa fica habilitada a fazer a melhor escolha. CRA 134 2 Por vezes o resultado do excesso de alimento é imediatamente sentido. Noutros casos não há nenhuma sensação de mal-estar; mas os órgãos digestivos perdem a força vital, e é solapada a base da resistência física. CRA 134 3 Demasiado alimento pesa no organismo, produzindo um estado mórbido, febricitante. Chama uma indevida quantidade de sangue para o estômago, causando resfriamento nos membros e extremidades. Impõe pesada carga aos órgãos digestivos, e quando os mesmos têm executado sua tarefa, resta uma sensação de desfalecimento e languidez. Pessoas que estão continuamente a comer em excesso, chamam fome a essa sensação de esvaimento; é porém, causado pelo estado de exaustão dos órgãos digestivos. Há por vezes anuviamento do cérebro, com indisposição para o esforço mental e físico. CRA 134 4 Sentem-se estes desagradáveis sintomas porque a natureza realizou seu trabalho à custa de um desnecessário dispêndio de força vital, achando-se completamente exausta. O estômago está dizendo: "Dá-me repouso." Por parte de muitos, todavia, a fraqueza é interpretada como um pedido de mais alimento; de modo que, em lugar de conceder descanso ao estômago, lançam-lhe em cima outra carga. Em conseqüência, os órgãos digestivos se acham com frequência gastos quando deviam encontrar-se em condições de prestar bom serviço. -- A Ciência do Bom Viver, 306, 307 (1905). A causa de debilidades físicas e mentais CRA 135 1 219. Como um povo, com toda nossa profissão de reforma de saúde, comemos demais. A tolerância para com o apetite é a maior causa de debilidades físicas e mentais, e jaz na raiz de grande quantidade de fraquezas evidentes em toda parte. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 154 (1890). CRA 135 2 220. Muitos dos que adotaram a reforma de saúde, deixaram tudo quanto era nocivo; segue-se, porém, que pelo fato de deixarem essas coisas, podem comer tanto quanto lhes apetecer? Sentam-se à mesa e, em vez de considerar quanto lhes convém ingerir, entregam-se ao apetite, e comem excessivamente, e o estômago tem quanto lhe é possível fazer, ou o que deve fazer, para o resto do dia, afadigando-se com o fardo que lhe é imposto. Toda a comida posta no estômago, da qual o organismo não pode tirar proveito, é uma carga para a natureza em seu trabalho. Entrava a máquina viva. O organismo fica abarrotado, e não pode com êxito levar avante sua obra. Os órgãos vitais ficam desnecessariamente sobrecarregados, e a energia nervosa do cérebro é chamada ao estômago para ajudar os órgãos digestivos no trabalho de dispor de uma quantidade de comida que não faz nenhum bem ao organismo. CRA 135 3 E que influência tem sobre o estômago o comer demasiado? Este se debilita, os órgãos digestivos ficam enfraquecidos, e as enfermidades, com todo o seu cortejo de males, surgem como resultado. Se as pessoas estiveram enfermas antes, aumentam assim sobre si as dificuldades, e diminui sua vitalidade cada dia que passa. Convocam para ação desnecessária suas faculdades vitais, a fim de que se encarreguem do alimento que lhes ocupa o estômago. Que terrível é estar nesta condição! CRA 135 4 Sabemos por experiência alguma coisa sobre dispepsia. Nós a temos tido em nossa família; e sabemos ser uma enfermidade muito de temer. Quando uma pessoa se torna inteiramente dispéptica, torna-se grande sofredora, tanto mental como fisicamente; e seus amigos têm de sofrer também, a menos que sejam insensíveis como animais. CRA 135 5 E contudo ainda dizeis: "É da conta de alguém o que eu coma ou que conduta siga?" Sofrem os que estão em relação com algum dispéptico? Simplesmente fazei qualquer coisa que de alguma forma os irrite. Quão naturalmente se impacientam! Sentem-se mal, e parece-lhes a eles que seus filhos são muito maus. Não lhes podem falar com calma, nem, sem uma graça especial, agir com paciência em família. Todos ao seu redor ficam afetados pela enfermidade deles; e todos têm de sofrer as conseqüências de sua doença. Lançam uma negra sombra. Então, afetam ou não aos outros vossos hábitos no comer e beber? Certamente que sim. E deveis ser muito cuidadosos em manter-vos nas melhores condições de saúde, a fim de poderdes render a Deus perfeito serviço, e cumprir vosso dever na sociedade e na família. CRA 136 1 Mas até mesmo os reformadores de saúde podem errar na quantidade de alimento. Podem comer imoderadamente alimentos saudáveis na qualidade. -- Testimonies for the Church 2:362-365 (1870). CRA 136 2 221. O Senhor tem-me instruído que, como regra geral, colocamos demasiado alimento no estômago. Muitos acarretam desconforto sobre si por comer demais, e o resultado é muitas vezes a enfermidade. O Senhor não traz sobre eles esta punição. Eles a acarretam sobre si; e o Senhor deseja que compreendam que a dor é resultado da transgressão. CRA 136 3 Muitos comem depressa demais. Outros comem numa só refeição alimentos que não combinam. Se os homens e as mulheres tão-somente se lembrassem de quanto afligem sua alma quando afligem o estômago, e quão profundamente é Cristo desonrado quando o estômago é sobrecarregado, seriam corajosos e abnegados, dando ao estômago oportunidade de recobrar sua salutar ação. Enquanto assentados à mesa podemos fazer trabalho médico-missionário ao comer e beber para glória de Deus. -- Manuscrito 93, 1901. Cochilar durante o culto CRA 136 4 222. Quando comemos imoderadamente, pecamos contra nosso próprio corpo. No que toca ao sábado, na casa de Deus, glutões assentar-se-ão e dormirão sob as escaldantes verdades da Palavra de Deus. Não conseguem manter os olhos abertos nem compreender os solenes sermões proferidos. Achais que essas pessoas estão glorificando a Deus no corpo e no espírito, os quais Lhe pertencem? Não; eles O desonram. E o dispéptico -- aquilo que o tornou dispéptico é estar seguindo esta conduta -- em vez de observar regularidade, tem permitido que o apetite o controle, e tem comido entre as refeições. Talvez, se seus hábitos são sedentários, não tenha ele tido o vitalizante ar do céu para ajudá-lo na obra da digestão; pode ser que não tenha tido suficiente exercício para sua saúde. -- Testimonies for the Church 2:374 (1870). CRA 137 1 223. Não devemos preparar para o sábado mais liberal provisão de alimento, nem maior variedade que nos outros dias. Em lugar disto, a comida deve ser mais simples, e menos se deve comer, a fim de a mente estar mais clara e vigorosa para compreender as coisas espirituais. Um estômago abarrotado quer dizer um cérebro pesado. As mais preciosas palavras podem ser ouvidas e não apreciadas devido à mente estar confusa por uma alimentação imprópria. Comendo demais no sábado, muita gente faz mais do que julga para se tornar incapaz de receber o benefício de suas sagradas oportunidades. -- A Ciência do Bom Viver, 307 (1905). Causa de perda de memória CRA 137 2 224. O Senhor concedeu-me luz para vós sobre o assunto de temperança em todas as coisas. Sois intemperantes em vosso modo de comer. Freqüentemente colocais no estômago quantidade dupla do alimento que vosso organismo requer. Este alimento se deteriora; vosso hálito torna-se desagradável; vossas dificuldades em expectorar se agravam; vosso estômago é sobrecarregado; e as energias vitais são convocadas do cérebro para movimentar o moinho que tritura o material posto em vosso estômago. Nisto tendes mostrado pouca consideração por vós mesmos. CRA 138 1 Sois um glutão quando à mesa. Esta é uma grande causa de vosso esquecimento e perda de memória. Dizeis coisas que eu sei tendes dito, depois contornais o terreno e afirmais que dissestes coisa inteiramente diferente. Eu sabia isto, mas passei-o por alto, como sendo resultado certo do comer demasiado. De que adiantaria falar sobre isto? Não curaria o mal. -- Carta 17, 1895. Conselho a pastores e obreiros sedentários CRA 138 2 225. O excessivo comer é especialmente prejudicial aos que são de temperamento indolente; estes devem comer frugalmente, e fazer bastante exercício físico. Existem homens e mulheres de excelentes aptidões naturais, que não realizam metade do que poderiam efetuar se exercessem domínio sobre si mesmos quanto a negar-se ao apetite. CRA 138 3 Muitos escritores e oradores falham nesse ponto. Depois de comer à vontade, entregam-se a ocupações sedentárias, lendo, estudando ou escrevendo, não se dando nenhum tempo para exercício físico. Em conseqüência, é entravado o livre fluxo dos pensamentos e das palavras. Não podem escrever nem falar com a intensidade e o vigor necessários para atingir o coração; seus esforços são fracos e infrutíferos. CRA 138 4 Aqueles sobre quem impendem importantes responsabilidades, e sobretudo os que são guardas dos interesses espirituais, devem ser homens de viva sensibilidade e rápida percepção. Mais que os outros devem eles ser temperantes no comer. Alimento muito condimentado e rico não deveria ter lugar em sua mesa. CRA 138 5 Todos os dias homens que ocupam posição de responsabilidade têm de tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. É-lhes preciso com freqüência pensar rapidamente, e isto só pode ser feito com êxito pelos que observam estrita temperança. A mente se revigora sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se a tensão não é demasiada, sobrevém renovado vigor a cada esforço. Mas com freqüência a obra dos que têm importantes planos a considerar e sérias decisões a tomar é afetada para mal em conseqüência de um regime impróprio. Um estômago perturbado produz um estado mental incerto e perturbado. Causa muitas vezes irritabilidade, aspereza ou injustiça. Muito plano que haveria sido uma bênção para o mundo tem sido posto à margem; muitas medidas injustas, opressivas e mesmo cruéis têm sido executadas em resultado de estados enfermos, resultantes de hábitos errôneos no comer. CRA 139 1 Eis uma sugestão para todos quantos têm trabalho sedentário ou especialmente mental; experimentem-no os que tiverem suficiente força moral e domínio próprio: Comei em cada refeição apenas duas ou três espécies de alimento simples, não ingerindo mais do que o necessário para satisfazer a fome. Fazei exercício ativo todos os dias, e vede se não experimentais benefício. CRA 139 2 Homens fortes, que se empenham em ativo trabalho físico, não são forçados a cuidar tanto no que respeita à qualidade e à quantidade do alimento, como as pessoas de hábitos sedentários; mas mesmo esses gozariam melhor saúde se usassem de domínio sobre si mesmos quanto ao comer e beber. CRA 139 3 Alguns desejariam que se lhes prescrevesse uma regra exata para seu regime. Comem demais, e depois se lamentam, e ficam sempre a pensar no que comem e bebem. Não deve ser assim. Uma pessoa não pode ditar uma estrita regra para outra. Cada um deve exercer discernimento e domínio, agindo por princípio. -- A Ciência do Bom Viver, 308-310 (1905). Indigestão e reuniões de comissão CRA 139 4 226. Em mesas lautas, os homens muitas vezes comem muito mais do que pode ser digerido com facilidade. O estômago sobrecarregado não pode fazer devidamente seu trabalho. O resultado é uma sensação desagradável de embotamento do cérebro, e a mente não age com rapidez. Criam-se perturbações mediante combinações impróprias de alimentos; há fermentação; o sangue fica contaminado e o cérebro confuso. CRA 139 5 O hábito de comer em demasia, ou de comer demasiada variedade de alimentos na mesma refeição, causa freqüentemente dispepsia. Sério dano é assim causado aos delicados órgãos digestivos. Em vão protesta o estômago, e apela para o cérebro a fim de que raciocine da causa para o efeito. A quantidade excessiva de alimento ingerido, ou a sua combinação imprópria, faz a sua obra prejudicial. Em vão dão sua advertência os avisos desagradáveis. O sofrimento é a conseqüência. A doença toma o lugar da saúde. CRA 140 1 Perguntarão alguns: Que tem isto que ver com as reuniões de comissões? Muitíssimo. Os efeitos da alimentação errada são levados para as reuniões de concílios e comissões executivas. O cérebro é afetado pelo estado do estômago. O estômago perturbado produz estado de espírito perturbado, indeciso. O estômago doente produz estado doentio do cérebro, tornando muitas vezes a pessoa obstinada em manter opiniões errôneas. A suposta sabedoria dessa pessoa é loucura para com Deus. CRA 140 2 Apresento isto como causa da situação em muitas reuniões de concílio e de comissões executivas, onde a assuntos que exigiam estudo acurado, bem pouca consideração foi dada, e decisões da maior importância foram tomadas precipitadamente. Muitas vezes, quando deveria ter havido unanimidade de sentimento na afirmativa, opiniões decididamente negativas mudaram inteiramente a atmosfera de uma reunião. Esses resultados têm-me sido apresentados repetidas vezes. CRA 140 3 Apresento este assunto agora porque sou instruída a dizer aos meus irmãos no ministério: Pela intemperança no comer, vós vos incapacitais para ver com clareza a diferença existente entre o fogo sagrado e o comum. E por essa intemperança também revelais vosso desrespeito pelas advertências que o Senhor vos fez. Sua palavra para vós é: "Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do Seu servo? quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus. Eis todos vós, que acendeis fogo, e vos cingis com faíscas; andai entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas que acendestes; isto vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." Isaías 50:10, 11. CRA 140 4 Não nos deveremos aproximar do Senhor, para que Ele nos salve de toda intemperança no comer e beber, de toda paixão profana, sensual, de toda impiedade? Não nos deveremos humilhar perante Deus, pondo de lado tudo quanto corrompa a carne e o espírito, para que em Seu temor possamos aperfeiçoar a santidade de caráter? -- Testimonies for the Church 7:257, 258 (1902). Nenhuma recomendação da reforma de saúde CRA 140 5 227. Nossos pregadores não são suficientemente minuciosos em relação a seus hábitos de alimentação. Tomam o alimento em quantidades demasiado grandes, e vasta variedade numa só refeição. Alguns são reformadores apenas no nome. Não têm regras pelas quais nortear seu regime, mas condescendem em comer frutas ou nozes entre as refeições, e assim impõem cargas sobremodo pesadas aos órgãos digestivos. Alguns ingerem três refeições ao dia, quando duas seria mais condizente com a saúde física e espiritual. Se as leis que Deus fez para governar o organismo físico são violadas, a penalidade há de seguir-se fatalmente. CRA 141 1 Por causa da imprudência no comer, os sentidos de alguns parecem meio paralisados, e eles são apáticos e sonolentos. Esses pastores de rosto pálido que estão sofrendo em conseqüência de egoística tolerância para com o apetite, não recomendam a reforma de saúde. Quando sofrendo em virtude de sobrecarga de trabalho, muito melhor seria dispensar ocasionalmente uma refeição, dando assim oportunidade à natureza para refazer-se. Nossos obreiros fariam pela reforma de saúde mais pelo exemplo do que pregando-a. Quando amigos bem-intencionados fazem para eles alimentos laboriosos, eles ficam fortemente tentados a desrespeitar o princípio; mas recusando os pratos requintados, os ricos condimentos, chá e café, podem demonstrar assim que são reformadores da saúde praticantes. Alguns estão sofrendo agora em conseqüência da transgressão das leis da vida, deixando assim um estigma sobre a causa da reforma de saúde. CRA 141 2 Condescendência excessiva no comer, beber, no dormir ou no contemplar, é pecado. A ação harmoniosa, saudável, de todas as faculdades do corpo e da mente resulta em felicidade; e quanto mais elevadas e refinadas as faculdades, mais pura e perfeita a felicidade. -- Testimonies for the Church 4:416, 417 (1880). Cavando a sepultura com os dentes CRA 141 3 228. A razão por que muitos de nossos pastores queixam-se de enfermidades, é que deixam de fazer suficientes exercícios e são condescendentes no comer em excesso. Não compreendem que tal procedimento põe em perigo a constituição mais forte. Os que, como vós, são de temperamento apático, devem comer pouco e não evitar cansaço físico. Muitos de nossos pastores estão cavando sua sepultura com os próprios dentes. O organismo, tendo que cuidar da carga imposta aos órgãos digestivos, sofre, e severo esforço é imposto ao cérebro. Por toda ofensa cometida contra as leis da saúde, o transgressor tem de pagar a penalidade em seu próprio corpo. -- Testimonies for the Church 4:408, 409 (1880). ------------------------Capítulo 8 -- Controle do apetite O primeiro pecado foi a falta de domínio próprio CRA 145 1 229. Adão e Eva no Éden eram nobres em estatura e perfeitos em simetria e beleza. Estavam sem pecado e em perfeita saúde. Que contraste com a raça humana agora! A beleza perdeu-se. A saúde perfeita é desconhecida. Por toda parte vemos doenças, deformidade e imbecilidade. Perguntei a causa desta extraordinária degenerescência, e minha atenção foi chamada para o Éden. A maravilhosa Eva fora induzida pela serpente a comer da única árvore que lhes fora ordenado por Deus não comessem, nem mesmo nela tocassem, para que não morressem. CRA 145 2 Eva tinha tudo para ser feliz. Estava cercada de toda variedade de frutos. Contudo o fruto da árvore proibida pareceu-lhe mais desejável do que os frutos de todas as outras árvores do jardim de que ela podia comer livremente. Foi intemperante em seus desejos. Comeu, e por sua influência seu marido comeu também, e a maldição recaiu sobre ambos. E por causa do pecado deles a Terra foi também amaldiçoada. E desde a queda a intemperança tem existido sob quase todas as formas. O apetite tem controlado a razão. A família humana tem adotado uma conduta de desobediência, e, como Eva, tem sido induzida por Satanás a desrespeitar as proibições de Deus, iludindo-se com a suposição de que as conseqüências não seriam tão terríveis como se inferira. A família humana tem violado as leis da saúde, chegando ao excesso em quase todas as coisas. As enfermidades têm estado a progredir firmemente. À causa tem-se seguido o efeito. -- Spiritual Gifts 4:120 (1864). Os dias de Noé e os nossos dias CRA 145 3 230. Jesus, assentado no Monte das Oliveiras, deu a Seus discípulos instruções concernentes aos sinais que deviam preceder Sua vinda: "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem." Os mesmos pecados que trouxeram juízos sobre o mundo nos dias de Noé, existem em nossos dias. Homens e mulheres levam os seus hábitos no comer e beber a tais extremos que terminam em glutonaria e bebedice. Este predominante pecado, a condescendência para com o apetite pervertido, inflamou as paixões dos homens nos dias de Noé, e levaram a generalizada corrupção. Violência e pecado alcançaram o Céu. Esta contaminação moral foi finalmente varrida da Terra por meio do dilúvio. Os mesmos pecados de glutonaria e embriaguez embotaram a sensibilidade moral dos habitantes de Sodoma, a ponto de parecer que o crime fosse o prazer de homens e mulheres da ímpia cidade. Cristo assim adverte o mundo: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem Se manifestar." CRA 146 1 Cristo nos deixou aqui uma importantíssima lição. Ele queria colocar perante nós o perigo de tornar nossos hábitos de comer e beber coisa suprema. Ele apresenta o resultado da não contida tolerância para com o apetite. As faculdades morais são debilitadas, de modo que o pecado não parece ser o que é. O crime é considerado levianamente, e as paixões controlam a mente, até que os bons princípios e bons impulsos são erradicados, e Deus é blasfemado. Tudo isto é o resultado de comer e beber em excesso. Esta é a própria condição daquilo que Cristo disse existiria por ocasião de Sua segunda vinda. O Salvador nos apresenta alguma coisa mais elevada por que lutar, do que meramente o que comeremos, o que beberemos ou com que nos vestiremos. Comer, beber e vestir-se são levados a tais excessos que se tornam crime. Estão entre os assinalados pecados dos últimos dias, e constituem um sinal da breve volta de Cristo. Tempo, dinheiro e força, CRA 146 2 que pertencem ao Senhor, mas que Ele confia a nós, são gastos em superfluidade no vestir e em luxos do apetite pervertido, que diminuem a vitalidade e trazem sofrimento e ruína. É impossível podermos apresentar a Deus nosso corpo como sacrifício vivo, quando o aviltamos de contínuo com corrupção e enfermidade em virtude de nossa própria pecaminosa condescendência. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 11, 12; Conselhos Sobre Saúde, 23, 24 (1890). CRA 147 1 231. Uma das mais fortes tentações que o homem tem de enfrentar é em relação ao apetite. No princípio Deus fez o homem reto. Ele foi criado com perfeito equilíbrio mental, sendo plena e harmoniosamente desenvolvidos o tamanho e a força de todos os seus órgãos. Mas pela sedução do astucioso inimigo, a proibição de Deus foi desrespeitada e as leis da Natureza exercitaram sua plena penalidade. ... CRA 147 2 Desde que se rendeu pela primeira vez ao apetite, tem a humanidade aumentado cada vez mais a tolerância para consigo mesma, de maneira que a saúde tem sido sacrificada no altar do apetite. Os habitantes do mundo antediluviano eram intemperantes no comer e beber. Alimentavam-se de carne, embora Deus ainda não houvesse dado ao homem qualquer permissão para ingerir alimento animal. Eles comiam e bebiam até que seu depravado apetite não conhecesse limites, e tornaram-se tão corrompidos que Deus não mais os pôde suportar. O copo de sua iniqüidade estava cheio, e Ele purificou a Terra de sua contaminação moral por meio de um dilúvio. Sodoma e Gomorra CRA 147 3 Ao se multiplicarem os homens sobre a Terra após o dilúvio, de novo se esqueceram de Deus, e corromperam seus caminhos perante Ele. Aumentou a intemperança em toda forma, até que quase o mundo todo estava entregue a sua influência. Cidades inteiras tinham sido varridas da face da Terra por causa de degradantes crimes e revoltante iniqüidade que os fizeram uma mancha sobre o aprazível campo das obras que Deus criara. A satisfação ao apetite antinatural conduziu aos pecados que acarretaram a destruição de Sodoma e Gomorra. Deus atribui a queda de Babilônia a sua glutonaria e embriaguez. A condescendência para com o apetite e as paixões fora o fundamento de todos os seus pecados. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 42, 43; Conselhos Sobre Saúde, 108-110 (1890). Esaú vencido pelo apetite CRA 148 1 232. Esaú, seduzido por um prato favorito, sacrificou sua primogenitura para satisfazer ao apetite. Satisfeito seu luxurioso apetite, viu a loucura que cometera, mas não achou lugar para arrependimento, embora o tivesse buscado com diligência e com lágrimas. Muitíssimos há que são como Esaú. Ele representa uma classe que tem uma bênção especial, valiosa ao seu alcance -- a herança imortal, a vida que dura tanto quanto a vida de Deus, o Criador do Universo, felicidade imensurável e um eterno peso de glória -- mas que tem de tal maneira mostrado complacência para com o apetite, paixões e inclinações, que o seu poder de discernir e apreciar o valor das coisas eternas está enfraquecido. CRA 148 2 Esaú teve um desejo forte, especial, por uma determinada espécie de alimento, e por tanto tempo estava habituado a satisfazer o eu que não sentiu qualquer necessidade de fugir do prato tentador e cobiçado. Sobre ele pensou, nenhum esforço especial fazendo para restringir o apetite, até que o poder do apetite sobrepôs-se a qualquer outra consideração, e controlou-o, imaginando ele que sofreria grande prejuízo, até mesmo a morte, se não conseguisse esse determinado prato. Quanto mais nele pensava, mais seu desejo era fortalecido, até que sua primogenitura, que era coisa sagrada, perdeu para ele seu valor e santidade. -- Testimonies for the Church 2:38 (1686). O desejo de Israel por carne CRA 148 3 233. Quando o Deus de Israel tirou o Seu povo do Egito, privou-os de alimento cárneo em grande medida, mas deu-lhes pão do Céu e água da dura rocha. Com isto não ficaram eles satisfeitos. Abominaram o alimento que lhes fora dado e desejaram voltar para o Egito, onde podiam sentar-se junto às panelas de carne. Preferiam suportar a escravidão, e até mesmo a morte, a serem privados da carne. Deus lhes satisfez o desejo, dando-lhes carne, e deixando-os comerem-na até que sua glutonaria gerou uma praga, em conseqüência da qual muitos morreram. Todos estes são exemplos CRA 149 1 Exemplo após exemplo poderia ser citado, para mostrar os efeitos do condescender com o apetite. A nossos primeiros pais pareceu coisa de pouca importância transgredir a ordem de Deus naquele único ato -- comer do fruto de uma árvore tão linda à vista e tão agradável ao paladar -- mas isso rompeu sua fidelidade a Deus e abriu as comportas de um dilúvio de culpa e desgraça que tem inundado o mundo. O mundo hoje CRA 149 2 O crime e a doença têm aumentado com cada geração sucessiva. A intemperança no comer e beber, e a condescendência com as paixões baixas, têm entorpecido as faculdades mais nobres do homem. A razão, em vez de ser dominadora, tornou-se escrava do apetite, numa extensão alarmante. Tem-se condescendido com um crescente desejo de alimento muito substancioso, até que se tornou moda abarrotar o estômago com todas as iguarias possíveis. Especialmente em festa de prazer, condescende-se com o apetite com pouca restrição, apenas. Servem-se ricos almoços e jantares tardios, consistentes de alimentos muito temperados, com molhos condimentados, bolos, tortas, gelados, chá, café, etc. Não admira que, com semelhante regime, o povo tenha rosto pálido e sofra indizíveis torturas com dispepsia. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 43, 44; Conselhos Sobre Saúde, 111, 112. CRA 149 3 234. O presente estado corrupto do mundo foi-me apresentado. Terrível era a visão. Tenho-me admirado de que os habitantes da Terra não fossem destruídos, como o povo de Sodoma e Gomorra. Tenho visto razão suficiente para o presente estado de degeneração e mortalidade no mundo. A paixão cega controla a razão, e muitos sacrificam à concupiscência toda consideração elevada. CRA 149 4 O primeiro grande mal foi a intemperança no comer e beber. Homens e mulheres têm-se tornado escravos do apetite. São intemperantes no trabalho. Grande quantidade de trabalho árduo é efetuado, para obter para suas mesas alimento que causa grande dano ao organismo já sobrecarregado. Mulheres passam grande parte de seu tempo inclinadas sobre um fogão aquecido, preparando o alimento, altamente adubado com condimentos que satisfaçam seu paladar. Em conseqüência são negligenciados os filhos, e não recebem instrução moral e religiosa. A mãe sobrecarregada de trabalho negligencia o cultivo de um temperamento brando, que é a luz do Sol da habitação. Considerações de valor eterno tornam-se secundárias. Todo o tempo tem de ser empregado no preparo dessas coisas, para a satisfação do apetite -- coisas que arruínam a saúde, azedam o temperamento e embotam as faculdades de raciocínio. -- Spiritual Gifts 4:131, 132 (1864). CRA 150 1 235. Por toda parte deparamos com a intemperança. Vemo-la nos carros, nos vapores, e aonde quer que vamos; e devemos perguntar a nós mesmos que estamos fazendo para salvar almas das garras do tentador. Satanás está constantemente alerta, para submeter a raça humana inteiramente ao seu controle. Seu mais forte poder sobre o homem exerce-se através do apetite, e este procura ele estimular de todos os modos possíveis. Todos os estimulantes artificiais são nocivos, e cultivam o desejo de beber. Como poderemos esclarecer o povo, e evitar os terríveis males que resultam do uso dessas coisas? Temos feito tudo que podíamos, nesta questão? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 16 (1890). Adorando junto ao altar do apetite pervertido CRA 150 2 236. Deus concedeu a este povo grande luz; todavia não nos achamos além do alcance da tentação. Quem dentre nós está buscando auxílio dos deuses de Ecrom? Considerai este quadro -- não pintado pela imaginação. Em quantos, mesmo entre os adventistas do sétimo dia, podem-se ver seus característicos principais? Um inválido -- aparentemente muito consciencioso, todavia supersticioso e presumido -- confessa francamente seu desprezo pelas leis da saúde e da vida que a misericórdia divina nos levou a aceitar como um povo. Sua comida precisa ser preparada de maneira a satisfazer seus mórbidos, ardentes desejos. De preferência a sentar-se a uma mesa em que se ofereça comida saudável, favorecerá os restaurantes, porque aí pode satisfazer sem restrições o apetite. Fluente advogado da temperança, desconsidera-lhe os princípios fundamentais. Quer alívio, mas recusa-se a obtê-lo à custa de abnegação. Esse homem está adorando no altar do apetite pervertido. É um idólatra. As faculdades que, santificadas e enobrecidas, poderiam ser empregadas para a honra de Deus, são enfraquecidas e tornadas de pouco préstimo. Um temperamento irritável, cérebro confuso e nervos desenfreados, eis alguns dos resultados de sua desconsideração para com as leis naturais. Esse homem é ineficiente, não se pode confiar nele. -- Testimonies for the Church 5:196, 197 (1882). A vitória de Cristo em nosso favor CRA 151 1 237. No deserto da tentação Cristo defrontou as grandes tentações principais que assaltariam os homens. Ali enfrentou, sozinho, o inimigo astuto e sutil, vencendo-o. A primeira grande tentação teve que ver com o apetite; a segunda, com a presunção; a terceira, com o amor do mundo. Satanás tem vencido seus milhões, tentando-os a condescender com o apetite. Mediante a satisfação do paladar, o sistema nervoso torna-se excitado e debilita-se o poder do cérebro, tornando impossível pensar calma e racionalmente. Desequilibra-se a mente. Suas mais nobres e elevadas faculdades são pervertidas, servindo à concupiscência animal, e desprezam-se os interesses eternos e sagrados. Alcançado este objetivo, Satanás pode vir com suas outras duas tentações principais e encontrar pronto acesso. Suas múltiplas tentações provêm destes três grandes pontos principais. -- Testimonies for the Church 4:44 (1876). CRA 151 2 238. De todas as lições a serem aprendidas da primeira grande tentação de nosso Senhor, nenhuma é mais importante do que a que diz respeito ao controle dos apetites e paixões. Em todos os séculos, as tentações mais atraentes à natureza física têm sido mais bem-sucedidas em corromper e degradar a humanidade. Satanás opera por meio da intemperança para destruir as faculdades mentais e morais concedidas por Deus ao homem como inapreciável dom. Assim se torna impossível ao homem apreciar as coisas de valor eterno. Através de condescendências sensuais, busca ele apagar na alma todo traço de semelhança com Deus. CRA 151 3 As irrefreadas satisfações da inclinação natural e a conseqüente enfermidade e degradação que existiam ao tempo do primeiro advento de Cristo, dominarão de novo, com intensidade agravada, antes de Sua segunda vinda. Cristo declara que as condições do mundo serão como nos dias anteriores ao dilúvio, e como em Sodoma e Gomorra. Todas as imaginações dos pensamentos do coração serão más continuamente. Vivemos mesmo ao limiar daquele terrível tempo, e a nós convém a lição do jejum do Salvador. Unicamente pela inexprimível angústia suportada por Cristo podemos avaliar o mal da irrefreada satisfação própria. Seu exemplo nos declara que nossa única esperança de vida eterna, é manter os apetites e paixões sob sujeição à vontade de Deus. Olhai para o salvador CRA 152 1 Em nossa própria força, é-nos impossível escapar aos clamores de nossa natureza caída. Satanás trar-nos-á tentações por esse lado. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária e, por suas falsas insinuações, enredar todos cuja confiança não se firma em Deus. E, passando pelo terreno que devemos atravessar, nosso Senhor nos preparou o caminho para a vitória. Não é de Sua vontade que fiquemos desvantajosamente colocados no conflito com Satanás. Não quer que fiquemos intimidados nem desfalecidos pelos assaltos da serpente. "Tende bom ânimo", diz Ele, "Eu venci o mundo." João 16:33. CRA 152 2 O que está lutando contra o poder do apetite olhe ao Salvador, no deserto da tentação. Veja-O em Sua angústia na cruz, ao exclamar: "Tenho sede"! Ele resistiu a tudo quanto nos é possível suportar. Sua vitória é nossa. CRA 152 3 Jesus repousava na sabedoria e força de Seu Pai celeste. Declara: "O Senhor Jeová Me ajuda, pelo que Me não confundo,... e sei que não serei confundido. ... Eis que o Senhor Jeová Me ajuda." Mostrando Seu próprio exemplo, diz-nos: "Quem há entre vós que tema ao Senhor,... quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus." Isaías 50:7-10. CRA 152 4 "Vem o príncipe do mundo", disse Jesus; "ele nada tem em Mim." João 14:30. Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter. -- O Desejado de Todas as Nações, 122, 123 (1898). CRA 153 1 239. Satanás chega-se ao homem, como se chegou a Cristo, com suas esmagadoras tentações para condescender com o apetite. Ele bem conhece seu poder para vencer o homem neste ponto. Na questão do apetite venceu a Adão e Eva, no Éden, e perderam seu lar feliz. Que cúmulo de miséria e crime tem enchido nosso mundo em conseqüência da queda de Adão! Cidades inteiras foram apagadas da face da Terra, por causa dos degradantes crimes e da revoltante iniqüidade que as tornou uma mancha no Universo. A condescendência com o apetite foi a base de todos os seus pecados. -- Testimonies for the Church 3:561 (1875). CRA 153 2 240. Cristo iniciou a obra da redenção exatamente onde começou a ruína. Sua primeira prova foi sobre o mesmo ponto em que Adão fracassou. Fora mediante tentações dirigidas ao apetite que Satanás vencera grande proporção da raça humana, e seu êxito fizera-o concluir que o controle deste planeta caído estava em suas mãos. Mas em Cristo viu ele Alguém capaz de resistir-lhe, e abandonou o campo de batalha como inimigo vencido. Diz Jesus: "Ele nada tem em Mim." Sua vitória é garantia de que também nós podemos sair vitoriosos em nossos conflitos com o inimigo. Mas não é propósito de nosso Pai celestial salvar-nos sem um esforço de nossa parte para cooperar com Cristo. Temos de fazer nossa parte, e o poder divino, unido ao nosso esforço, trará a vitória. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 16 (1890). O exemplo de Daniel, em vencer CRA 154 1 241. As tentações para condescender com o apetite possuem um poder que só se vence com o auxílio que Deus pode proporcionar. Temos, porém, a promessa de que, para cada tentação, haverá um meio de escape. Por que, então, são tantos os vencidos? É porque não põem em Deus a sua confiança. Não se prevalecem dos meios providos para sua segurança. As desculpas apresentadas para a satisfação do apetite pervertido, não são, pois, de nenhum peso perante Deus. CRA 154 2 Daniel avaliava suas capacidades humanas, mas nelas não confiava. Sua confiança estava na força que Deus prometeu a todos os que forem ter com Ele em humilde dependência, contando inteiramente com o Seu poder. CRA 154 3 Ele propôs em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; pois sabia que semelhante regime não lhe fortaleceria as faculdades físicas nem aumentaria sua capacidade mental. Não usava vinho, nem qualquer outro estimulante artificial; não fazia coisa alguma que lhe entorpecesse a mente; e Deus lhe deu "o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria", e também "entendimento em toda a visão e sonhos". ... CRA 154 4 Os pais de Daniel educaram-no, em sua infância, em hábitos de estrita temperança. Haviam-lhe ensinado que devia conformar-se com as leis da Natureza em todos os seus hábitos; que seu comer e beber tinham influência direta sobre sua natureza física, mental e moral, e que ele era responsável a Deus por suas capacidades; pois considerava a todas como dom de Deus, e não devia, por qualquer procedimento, atrofiá-las ou mutilá-las. Em resultado deste ensino, em sua mente exaltava a lei de Deus, e reverenciava-a no coração. Durante os primeiros anos de seu cativeiro, passou Daniel por uma prova severa que o devia familiarizar com a grandeza da corte, com a hipocrisia e o paganismo. Estranha escola, com efeito, para prepará-lo para uma vida de sobriedade, diligência e fidelidade! E todavia viveu incorrupto pela atmosfera do mal de que se achava circundado. CRA 155 1 A experiência de Daniel e seus jovens companheiros ilustra os benefícios que podem provir de um regime abstêmio, e mostra o que Deus fará em favor dos que com Ele cooperarem na purificação e enobrecimento da alma. Eram eles uma honra a Deus, e uma viva e brilhante luz na corte de Babilônia. CRA 155 2 Nesta história ouvimos a voz de Deus dirigindo-se a nós individualmente, ordenando-nos que reunamos todos os preciosos raios de luz sobre este assunto da temperança cristã, e nos coloquemos na devida relação para com as leis da saúde. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 22, 23 (1890). CRA 155 3 242. Que seria, se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido arrebatados pela tentação. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881; Conselhos Sobre Saúde, 66. Nosso dever cristão CRA 155 4 243. Quando reconhecemos as ordens de Deus, vemos que Ele requer que sejamos temperantes em todas as coisas. A finalidade de nossa criação é glorificarmos a Deus em nosso corpo e nosso espírito, que a Ele pertencem. Como podemos fazer isso se condescendemos com o apetite, para prejuízo das faculdades físicas e morais? Deus requer que apresentemos nosso corpo em sacrifício vivo. É-nos, pois, imposto o dever de preservar esse corpo na melhor condição de saúde, a fim de que possamos cumprir o que Ele de nós requer. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." -- Testimonies for the Church 2:65 (1868). CRA 156 1 244. Escreve o apóstolo Paulo: "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:24-27. CRA 156 2 Há neste mundo muitos que condescendem com hábitos perniciosos. O apetite é a lei que os governa; e por causa de seus hábitos errôneos, o senso moral é embotado, e o poder de discernir as coisas sagradas é em grande parte destruído. Mas é necessário que os cristãos sejam estritamente temperantes. Devem colocar alto a norma. A temperança no comer, beber e vestir é essencial. Deve dominar o princípio, em vez do apetite ou da fantasia. Os que comem demais, ou cujo alimento é de qualidade objetável, são facilmente levados à dissipação, e a "muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína". 1 Timóteo 6:9. Os "cooperadores de Deus" devem usar cada jota de sua influência para animar a propagação dos princípios da verdadeira temperança. CRA 156 3 Significa muito ser fiel a Deus. Ele tem reivindicações sobre todos os que se empenham em Seu serviço. Deseja que espírito e corpo sejam preservados na melhor condição de saúde, cada faculdade e dom sob controle divino, e tão vigorosos como os possam tornar os hábitos de estrita temperança. Estamos sob obrigação a Deus, para nos consagrar sem reservas a Ele, corpo e alma, considerando todas as faculdades como dons por Ele confiados, para serem empregados em Seu serviço. CRA 156 4 Todas as nossas energias e capacidades devem ser constantemente fortalecidas e aperfeiçoadas durante este período de graça. Unicamente os que apreciam estes princípios, e foram educados no sentido de cuidarem de seu corpo inteligentemente e no temor de Deus, devem ser escolhidos para assumirem responsabilidades nesta obra. Os que estão na verdade há muito tempo, mas não sabem distinguir entre os puros princípios de justiça e os princípios do mal, cuja compreensão com respeito à justiça, misericórdia e amor de Deus é obscura, devem ser aliviados de responsabilidades. Toda igreja precisa de um testemunho claro, vigoroso, dando à trombeta um sonido certo. CRA 157 1 Se pudermos despertar as sensibilidades morais de nosso povo em relação ao assunto da temperança, grande vitória será alcançada. A temperança em todas as coisas desta vida deve ser ensinada e praticada. Temperança no comer, no beber, no dormir e vestir é um dos grandes princípios da vida religiosa. A verdade, introduzida no santuário da alma, dirigirá no tratamento do corpo. Coisa alguma que diga respeito à saúde do agente humano deve ser considerada com indiferença. Nosso bem-estar eterno depende do uso que fizermos, nesta vida, de nosso tempo, força e influência. -- Testimonies for the Church 6:374, 375 (1900). Escravos do apetite CRA 157 2 245. Há uma classe de pessoas que professam crer na verdade, e que não usam fumo, rapé, chá, ou café, e no entanto são culpadas de satisfazer o apetite de modo diferente. Anseiam por pratos altamente condimentados, com molhos muito fortes, e seu apetite tornou-se tão pervertido que não se satisfazem nem mesmo com carne, a menos que seja preparada de maneira muito prejudicial. O estômago torna-se febricitante, os órgãos digestivos são sobrecarregados, e ainda o estômago tem de trabalhar arduamente para desincumbir-se da carga que lhe é imposta. Depois de efetuar sua tarefa, o estômago fica exausto, o que causa desfalecimento. Aqui é onde muitos se enganam, pensando que é a falta de alimento que produz tal sensação, e sem darem ao estômago tempo para descansar, tomam mais alimento, o que no momento afasta o esmorecimento. E quanto mais se condescende com o apetite, tanto mais clamará ele por satisfação. Esse desfalecimento é em geral o resultado de comer carne, e comê-la freqüentemente, e em excesso. ... CRA 158 1 Por ser moda, e estar em harmonia com o apetite mórbido, são amontoados no estômago bolos substanciosos, tortas e pudins e tudo que é prejudicial. A mesa tem de estar repleta de variedade de pratos, ou não se satisfaz o apetite pervertido. De manhã esses escravos do apetite muitas vezes têm hálito impuro e língua saburrosa. Não gozam saúde, e ficam a pensar por que seria que sofrem dores, dor de cabeça e vários males. Muitos comem três vezes por dia, e ainda antes de deitar-se. Dentro de pouco tempo os órgãos digestivos ficam gastos, porque não tiveram tempo para descansar. Esses tornam-se miseráveis dispépticos, e indagam o que assim os teria tornado. A causa trouxe o resultado seguro. Não se deve jamais tomar a segunda refeição antes que o estômago tenha tido tempo para descansar do trabalho de digerir a refeição anterior. Se se quiser tomar uma terceira refeição, seja então leve, e várias horas antes do deitar. CRA 158 2 Muitos são tão devotados à intemperança que sob consideração nenhuma mudam seu procedimento de condescender com a glutonaria. Prefeririam sacrificar a saúde e morrer prematuramente, a restringir o intemperante apetite. E muitos há que são ignorantes da relação que seu comer e beber tem com a saúde. Pudessem esses ser esclarecidos, e talvez tivessem coragem moral para negar-se ao apetite, e comer mais comedidamente, e unicamente da espécie de alimento saudável, poupando-se, por seu procedimento, grande quantidade de sofrimento. Educar o apetite CRA 158 3 Pessoas que têm cedido ao apetite para comer livremente carne, molhos altamente condimentados, e várias espécies de substanciosos bolos e conservas, não se satisfazem imediatamente com um regime simples, saudável e nutritivo. Seu paladar está tão pervertido que não têm apetite para um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Nem devem esperar que logo ao princípio sintam prazer em alimento tão diverso daquele com que condescenderam alimentar-se. Se não podem desde o princípio ter prazer em alimentos simples, devem jejuar até que tenham. Esse jejum se lhes demonstrará de maior benefício do que os remédios, pois o abusado estômago encontrará o repouso de que havia tanto necessitava, e a verdadeira fome se satisfará com um regime simples. Levará tempo para o paladar recuperar-se dos abusos que sofreu e voltar ao seu tom natural. Mas a perseverança na adoção de um regime abnegado de comer e beber bem depressa tornará agradável o alimento simples e saudável, e logo este será ingerido com maior satisfação do que frui o gastrônomo com suas ricas iguarias. CRA 159 1 O estômago assim não fica febril e sobrecarregado de alimentos, mas acha-se em condição sadia, podendo de pronto efetuar sua tarefa. Não deve haver demora na reforma. Devem fazer-se esforços para preservar cuidadosamente a força que resta das forças vitais, evitando qualquer carga excessiva. O estômago talvez nunca mais recupere saúde plena, mas o procedimento acertado na questão do regime poupará novas debilidades, e muitos ficarão mais ou menos recuperados, a menos que tenham ido muito longe no suicídio glutão. CRA 159 2 Os que se permitem tornar-se escravos de um apetite glutão, muitas vezes vão mais longe ainda, degradando-se mediante a condescendência com suas paixões corruptas, que se tornaram excitadas pela intemperança no comer e beber. Dão rédea solta a suas paixões degradantes, até que a saúde e o intelecto vêm a sofrer grandemente. As faculdades de raciocínio são, em grande medida, destruídas pelos maus hábitos. -- Spiritual Gifts 4:129-131 (1864). Efeitos da condescendência, física, mental e moral CRA 159 3 246. Muitos estudantes são deploravelmente ignorantes quanto ao fato de que o regime exerce poderosa influência sobre a saúde. Alguns há que jamais fizeram um esforço resoluto para controlar o apetite, ou observar regras apropriadas em relação ao regime alimentar. Comem demasiado, mesmo em suas refeições, e alguns comem entre as refeições, toda vez que se apresente a tentação. Se os que professam ser cristãos desejarem resolver as questões que lhes são tão embaraçosas, isto é, a razão de terem a mente sempre tão embotada, e de serem tão débeis suas aspirações religiosas, não precisarão, em muitos casos, ir para além da mesa; aqui há causa suficiente, se outra não existe. CRA 159 4 Muitos, por sua condescendência com o apetite, separam-se de Deus. Aquele que nota a queda de um pardal, que conta os próprios cabelos de nossa cabeça, anota o pecado dos que condescendem com o apetite pervertido a expensas do enfraquecimento das forças físicas, do embotamento do intelecto, e do amortecimento das percepções morais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 83 (1890). Futuro dia de remorso CRA 160 1 247. Muitos se incapacitam para o trabalho, mental e fisicamente, pelo excesso em comer e pela satisfação de paixões concupiscentes. Fortalecem-se as tendências animais, enquanto a natureza moral e espiritual se debilita. Quando estivermos junto ao grande trono branco, que registro apresentará então a vida de muitos! Então verão o que poderiam ter feito se não tivessem envilecido as faculdades que Deus lhes concedera. Então reconhecerão que alturas de grandeza intelectual poderiam ter atingido, se tivessem dado a Deus toda a força mental e física que lhes confiara. Em sua agonia de remorso ansiarão poder viver de novo toda a sua vida. -- Testimonies for the Church 5:135 (1882); Testemunhos Selectos 2:29. Deve ser restringido o apetite não natural CRA 160 2 248. A Providência tem guiado o povo de Deus para fora dos extravagantes hábitos do mundo, fora da condescendência com o apetite e a paixão, para se colocarem sobre a plataforma da renúncia e da temperança em todas as coisas. O povo ao qual Deus dirige será um povo peculiar. Não serão semelhantes ao mundo. Se seguirem a guia de Deus, cumprirão Seus propósitos, e cederão sua vontade à vontade dEle. Cristo habitará em seu coração. O templo de Deus será santo. Vosso corpo, diz o apóstolo, é templo do Espírito Santo. Deus não requer que Seus filhos se neguem a si mesmos para dano da força física. Requer que obedeçam à lei natural, a fim de preservarem a saúde física. O caminho da Natureza é o que Ele assinala, e é largo bastante para qualquer cristão. Com mão pródiga proveu-nos Deus rica e variada abundância, para nosso sustento e prazer. Mas para fruirmos o apetite natural, que conserve a saúde e prolongue a vida, Ele restringe o apetite. Diz Ele: Cuidado! refreie, negue o apetite não natural. Se criamos um apetite pervertido, violamos as leis de nosso ser, e assumimos a responsabilidade pelo abuso de nosso corpo e a inflição de doença sobre nós. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 150, 151 (1890). CRA 161 1 249. Os que têm sido instruídos com relação aos efeitos prejudiciais do uso da alimentação cárnea, do chá e do café, bem como de comidas muito condimentadas, e que estão resolvidos a fazer com Deus um concerto com sacrifício, não hão de continuar a satisfazer o seu apetite com alimentos que sabem ser prejudiciais à saúde. Deus requer que o apetite seja dominado, e se pratique a renúncia no tocante às coisas que fazem mal. É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dEle perfeito. -- Testimonies for the Church 9:153, 154 (1909); Testemunhos Selectos 3:354. CRA 161 2 250. Deus não mudou, nem Se propõe a mudar nosso organismo físico, a fim de que possamos violar uma única lei sem sentir os efeitos de sua violação. Muitos, porém, cerram deliberadamente os olhos para a luz. ... Condescendendo com suas inclinações e apetites, violam as leis da vida e saúde; e se obedecerem à consciência, terão de ser controlados pelo princípio, em seu comer e vestir, e não ser guiados pela inclinação, a moda e o apetite. -- The Health Reformer, Setembro 1871. A utilidade dos obreiros de Deus depende do controle do apetite CRA 161 3 251. Apresentai ao povo a necessidade de resistir à tentação de condescender com o apetite. Aqui é onde muitos estão falhando. Explicai quão intimamente se relacionam corpo e espírito, e mostrai a necessidade de conservar ambos nas melhores condições. ... CRA 161 4 Todos os que condescendem com o apetite, que esbanjam as energias físicas e enfraquecem o poder moral, mais cedo ou mais tarde sentirão a retribuição que segue à transgressão das leis físicas. CRA 161 5 Cristo deu a vida para adquirir a redenção ao pecador. O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite estava acarretando a debilidade física e embotando as faculdades perceptivas, de modo que as coisas sagradas e eternas não podiam ser discernidas. Sabia Ele que a condescendência consigo mesmo estava pervertendo as faculdades morais e que a grande necessidade do homem era a conversão -- do coração, espírito e alma, da vida de condescendência própria para outra de abnegação e sacrifício. Queira o Senhor ajudar-vos, como servo Seu, a apelar para os pastores e despertar as igrejas adormecidas. Estejam em harmonia vossos labores como médico e pastor. Para isso é que são estabelecidos nossos sanatórios -- para pregar a verdade da verdadeira temperança. ... CRA 162 1 Como um povo, temos de reformar-nos, e especialmente os pastores e professores da Palavra carecem de reformar-se. Sou instruída a dizer a nossos pastores e aos presidentes de nossas associações: Vossa utilidade como obreiros de Deus na obra de recuperar almas a perecer, depende muito de vosso êxito em vencer o apetite. Vencei o desejo de satisfazer ao apetite e se isto fizerdes, vossas paixões serão controladas facilmente. Serão então mais fortes vossas faculdades mentais e morais. "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho." -- Carta 158, 1909. Apelo a um coobreiro CRA 162 2 252. O Senhor vos escolheu para fazerdes a Sua obra, e se trabalhardes cuidadosamente, prudentemente, e puserdes vossos hábitos de comer em estrito controle do conhecimento e da razão, tereis muito mais horas agradáveis e confortáveis do que se agirdes imprudentemente. Aplicai os freios, ponde sob estrita guarda vosso apetite, e então deixai-vos nas mãos de Deus. Prolongai vossa vida pela cuidadosa supervisão de vós mesmos. -- Carta 49, 1892. A abstinência aumenta o vigor CRA 162 3 253. Os homens que se empenham em dar ao mundo a última mensagem de advertência, mensagem destinada a decidir o destino das almas, devem em sua própria vida fazer uma aplicação prática das verdades que pregam aos outros. Devem ser exemplos ao povo em seu comer e beber, e em sua casta conversa e comportamento. A glutonaria, a condescendência com as paixões baixas, e pecados ofensivos, são, por muitos professos representantes de Cristo através do mundo, ocultados sob as vestes da santidade. Há homens de excelentes habilidades naturais cujo trabalho não realiza a metade do que poderia realizar se fossem temperantes em todas as coisas. A condescendência com o apetite e paixão embota a mente, diminui a força física e enfraquece o poder moral. Seus pensamentos não são claros. Suas palavras não são proferidas com poder, não são vitalizadas pelo Espírito .de Deus de modo que alcancem o coração dos ouvintes. CRA 163 1 Como nossos primeiros pais perderam o Éden por causa da condescendência com o apetite, nossa única esperança de recuperar o Éden está na firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime, e o controle de todas as paixões, preservará o intelecto e dará vigor mental e moral, habilitando os homens a colocarem todas as suas propensões sob o controle das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o errado, entre o sagrado e o comum. Todos os que têm uma verdadeira intuição do sacrifício feito por Cristo ao deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de que pudesse por Sua própria vida mostrar ao homem como resistir à tentação, prazerosamente se negarão a si mesmos, escolhendo ser participantes de Cristo em Seus sofrimentos. CRA 163 2 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os que vencem, como Cristo venceu, precisarão guardar-se constantemente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser refreados e postos sob o controle de uma consciência esclarecida, para que o intelecto possa ficar equilibrado, as faculdades perceptivas claras, de modo que as operações de Satanás e suas ciladas não sejam interpretadas como sendo a providência de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória que hão de ser dadas aos vencedores, mas não estão dispostos a suportar a labuta, privações e negação de si mesmos, como fez seu Redentor. É unicamente pela obediência e contínuo esforço que seremos vencedores, como Cristo venceu. CRA 163 3 O dominador poder do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares, quando, se houvessem vencido neste ponto, teriam tido poder moral para alcançar a vitória sobre todas as outras tentações de Satanás. Mas os que são escravos do apetite falharão em aperfeiçoar um caráter cristão. A contínua transgressão do homem por seis mil anos, trouxe, como seus frutos, doença, dor e morte. E ao nos aproximarmos do fim do tempo, as tentações de Satanás para condescendermos com o apetite serão mais poderosas e mais difíceis de ser vencidas. -- Testimonies for the Church 3:490-492 (1875). Relação dos hábitos para com a santificação CRA 164 1 254. É impossível, a quem quer que seja, fruir a bênção da santificação enquanto for egoísta e glutão. Estes gemem sob um peso de enfermidades por causa dos maus hábitos em comer e beber, que fazem violência às leis da vida e saúde. Muitos estão enfraquecendo seus órgãos digestivos pela condescendência com o apetite pervertido. O poder da constituição humana para resistir aos abusos que lhe são impostos é maravilhoso; mas o persistir nos maus hábitos de comer e beber em excesso, debilitará todas as funções do corpo. Que essas pessoas debilitadas considerem o que poderiam ter sido se tivessem vivido temperantemente, e promovido a saúde em vez de abusar dela. Na satisfação do apetite pervertido e da paixão, mesmo os professos cristãos mutilam a natureza em sua obra e diminuem a força física, mental e moral. Alguns que isto estão fazendo, afirmam ser consagrados a Deus; mas tal afirmação não tem base. ... CRA 164 2 "O filho honrará o pai, e o servo ao seu senhor; e, se Eu sou Pai, onde está a Minha honra? e, se Eu sou Senhor, onde está o Meu temor? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o Meu nome e dissestes: Em que desprezamos nós o Teu nome? Ofereceis sobre o Meu altar pão imundo, e dizeis: Em que Te havemos profanado? Nisto que Me dizeis: A mesa do Senhor é desprezível. Porque, quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não faz mal! e, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal! Ora apresenta-o ao teu príncipe; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos. Agora, pois, suplicai o favor de Deus, e Ele terá piedade de nós: isto veio da vossa mão. Aceitará Ele a vossa pessoa? diz o Senhor dos Exércitos." CRA 164 3 Demos cuidadosa atenção a estas advertências e repreensões. Embora dirigidas ao Israel antigo, não menos são aplicáveis ao povo de Deus de hoje. E devemos considerar as palavras do apóstolo, nas quais ele apela para seus irmãos, a fim de que, pelas misericórdias de Deus, apresentem seu corpo "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Esta é verdadeira santificação. Não é mera teoria, ou emoção, ou uma fórmula de palavras, mas um vivo e ativo princípio, que penetra na vida cotidiana. Requer que nossos hábitos de comer, beber e vestir sejam de modo que facultem a preservação da saúde física, mental e moral, a fim de que possamos apresentar ao Senhor nosso corpo -- não como oferta corrompida por hábitos errados, mas -- "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". CRA 165 1 Que ninguém que professe piedade considere com indiferença a saúde do corpo, e se lisonjeie pensando não ser pecado a intemperança, e não afetar sua espiritualidade. Existe íntima afinidade entre a natureza física e a moral. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. Requer-se decisão de caráter CRA 165 2 255. Negar o apetite requer decisão de caráter. Por falta dessa decisão, multidões se arruínam. Fracos, maleáveis, fáceis de ser guiados, muitos homens e mulheres fracassam completamente quanto a tornar-se aquilo que Deus deseja que sejam. Os que são destituídos de decisão de caráter não podem ter êxito na tarefa diária de vencer. O mundo está cheio de homens e mulheres embrutecidos, intemperantes e débeis mentais, e quão difícil lhes é tornarem-se cristãos genuínos! CRA 165 3 Que diz o grande Médico-Missionário? -- "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." É obra de Satanás tentar os homens a tentar seus semelhantes. Ele se esforça por induzir os homens a serem coobreiros seus, em sua obra de destruição. Esforça-se por levá-los a entregar-se tão cabalmente à condescendência com o apetite e às excitantes diversões e loucuras que a natureza humana anseia, mas que a Palavra de Deus proíbe decididamente, que podem ser postos na categoria de seus auxiliares -- a trabalhar com ele a fim de destruir a imagem de Deus no homem. CRA 165 4 Pelas fortes tentações de principados e potestades (Efésios 6:12), muitos são enredados. Escravos do capricho do apetite, tornam-se embrutecidos e degradados. ... CRA 166 1 "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." CRA 166 2 Os que têm a constante intuição de se acharem nesta relação para com Deus não colocarão no estômago alimento que agrade o apetite, mas faça mal aos órgãos digestivos. Não arruinarão a propriedade de Deus condescendendo com hábitos impróprios de comer, beber ou vestir. Tomarão grande cuidado com a máquina humana, reconhecendo que isto devem fazer a fim de trabalhar em parceria com Deus. Ele deseja que sejam sadios, felizes e úteis. Para isto serem, porém, devem colocar a sua vontade ao lado da vontade de Deus. -- Carta 166, 1903. CRA 166 3 256. Sedutoras tentações de ceder à concupiscência da carne, à concupiscência dos olhos e à soberba da vida, hão de ser encontradas a cada passo. O exercício do firme princípio, e o estrito controle dos apetites e paixões, em nome de Jesus o Vencedor, tão-somente, nos conduzirão em segurança através da vida. -- The Health Reformer, Maio de 1878. A fútil tentativa de reformar-se gradualmente CRA 166 4 257. Dizem alguns, quando se faz um empenho em esclarecê-los neste ponto [uso de bebidas alcoólicas e fumo]: Deixarei pouco a pouco. Satanás, porém, ri-se ante semelhantes decisões. Diz ele: Estão seguros em meu poder. Neste terreno, não tenho receio quanto a eles. Ele sabe, porém, que não tem poder sobre o homem que, quando os pecadores o incitam, tem coragem moral para dizer positiva e categoricamente: Não! Semelhante pessoa despediu a companhia do maligno, e enquanto se apega a Cristo, está seguro. Acha-se onde anjos celestiais se podem comunicar com ele, concedendo-lhe poder moral para vencer. -- Manuscrito 86, 1897. O apelo de Pedro CRA 166 5 258. O apóstolo Pedro compreendia a relação entre a mente e o corpo, e ergueu a voz em advertência aos seus irmãos: "Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma." Muitos consideram este texto como advertência contra a licenciosidade, tão-somente; tem, porém, sentido mais amplo. Proíbe toda a satisfação prejudicial, do apetite ou paixão. Todo apetite pervertido torna-se uma concupiscência que combate contra a alma. O apetite foi-nos dado para um bom propósito, não para tornar-se ministro da morte mediante sua perversão, degenerando assim nas "concupiscências que combatem contra a alma". ... CRA 167 1 A força da tentação para condescender com o apetite só pode ser medida pela inexpressível angústia de nosso Redentor naquele longo jejum, no deserto. Sabia Ele que a condescendência com o apetite pervertido de tal modo embotaria as percepções do homem que não discerniria as coisas sagradas. Adão caiu pela condescendência com o apetite; Cristo venceu pela negação do apetite. E nossa única esperança de reaver o Éden está no firme domínio próprio. Se o poder da condescendência com o apetite era tão forte sobre os homens que, para lhe quebrar as garras, o divino Filho de Deus, em favor do homem, teve de suportar um jejum de quase seis semanas, que tarefa se depara ao cristão! Entretanto, por grande que seja a luta, ele pode vencer. Pelo auxílio daquele poder divino que resistiu às mais ferozes tentações que Satanás podia inventar, ele, também, pode ter inteiro êxito em sua guerra contra o mal, e poderá no final ter na fronte a coroa do vencedor, no reino de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 53, 54 (1890). Pelo poder da vontade e a graça de Deus CRA 167 2 259. Pelo apetite, Satanás controla a mente e o ser todo. Milhares que poderiam ter vivido, passaram para o túmulo como destroços físicos, mentais e morais, porque sacrificaram todas as suas faculdades à condescendência com o apetite. É hoje muito maior do que era várias gerações atrás, a necessidade dos homens desta geração de chamar em seu auxílio o poder da vontade, fortalecido pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás, e opor-se à menor condescendência com o apetite pervertido. Mas a geração atual tem menos poder de domínio próprio do que tinham os que viviam naquele tempo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37 (1890). CRA 168 1 260. Poucos são os que têm força moral para resistir à tentação, especialmente quanto ao apetite, e para praticar a renúncia. Para alguns é demasiado forte para ser resistida, a tentação de ver outros tomarem a terceira refeição; e imaginam estar com fome, quando essa sensação não é um pedido do estômago para se alimentar, mas um desejo da mente que não foi fortalecida mediante princípio firme e disciplinada na negação própria. Os muros do domínio próprio e da restrição própria, em nenhum caso devem ser enfraquecidos e derribados. Paulo, o apóstolo aos gentios, diz: "Subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." CRA 168 2 Os que não vencem em coisas pequeninas, não terão poder moral para resistir a tentações maiores. -- Testimonies for the Church 4:574 (1881). CRA 168 3 261. Considerai cuidadosamente vosso regime. Estudai das causas para os efeitos. Cultivai o domínio de vós mesmos. Mantende o apetite sob o domínio da razão. Nunca abuseis do estômago, comendo excessivamente, mas não vos priveis da comida saudável e saborosa que a saúde exige. -- A Ciência do Bom Viver, 323 (1905). CRA 168 4 262. Em vossa associação com incrédulos, não vos permitais desviar-vos dos retos princípios. Se vos sentais à sua mesa, comei temperantemente e só de alimento que não confunda a mente. Guardai-vos da intemperança. Não podeis enfraquecer vossas faculdades mentais ou físicas, sem vos tornardes incapazes para discernir as coisas espirituais. Conservai a mente em tal estado que Deus possa impressioná-la com as preciosas verdades de Sua Palavra. -- Testimonies for the Church 6:336 (1900); Testemunhos Selectos 2:551, 552. Questão de coragem moral CRA 168 5 263. Alguns de vós parecem desejar que alguém lhes diga quanto devem comer. Não deveria ser assim. Cumpre-nos proceder de um ponto de vista moral e religioso. Devemos ser temperantes em tudo, pois uma coroa incorruptível, um tesouro celeste se acha diante de nós. E agora desejo dizer a meus irmãos e irmãs, que eu teria força moral para tomar uma atitude e governar-me a mim mesma. Não delegaria isto a outra pessoa. Comeis em excesso, e depois vos arrependeis, e ficais a pensar no que comestes e bebestes. Comei simplesmente o que mais convém, e ide adiante, sentindo-vos sem culpa diante do Céu, sem remorsos de consciência. Não cremos na completa remoção de tentações, seja de crianças, seja de adultos. Todos nós temos diante de nós uma luta, e cumpre-nos permanecer na atitude de resistir às tentações de Satanás; e precisamos saber que possuímos em nós mesmos poder para fazer isto. -- Testimonies for the Church 2:374 (1870); Testemunhos Selectos 1:192. CRA 169 1 264. É-me dada uma mensagem para vos transmitir: Comei em períodos regulares. Mediante hábitos errôneos de comer, estais-vos preparando para sofrimento futuro. Nem sempre é seguro aceitar convites para refeições, mesmo que sejam feitos por vossos irmãos e amigos, que vos desejam prodigalizar muitas espécies de pratos. Sabeis que podeis comer duas ou três espécies de alimento numa refeição, sem dano para vossos órgãos digestivos. Quando sois convidados para uma refeição, evitai a muita variedade de alimento que os que fizeram o convite vos põem na frente. Isto tereis de fazer se quiserdes ser uma sentinela fiel. Quando nos é colocado à frente alimento que, se for tomado, causaria aos órgãos digestivos horas de trabalho árduo, não devemos, se tomarmos esse alimento, culpar das conseqüências os que no-lo põem à frente. Deus espera que decidamos por nós mesmos comer tão-somente o alimento que não cause sofrimento aos órgãos digestivos. -- Carta 324, 1905. Vitória mediante Cristo CRA 169 2 265. Cristo feriu a batalha no terreno do apetite, e saiu vitorioso; e nós também podemos vencer, pelo poder dEle recebido. Quem entrará pelas portas na cidade? -- Não os que declaram não poder romper com a força do apetite. Cristo resistiu ao poder daquele que nos queria prender em escravidão; conquanto enfraquecido por Seu longo jejum de quarenta dias, resistiu Ele à tentação, provando por esse ato que nossos casos não são sem esperança. Bem sei que não podemos alcançar sozinhos a vitória; e quão gratos devemos ser por termos um Salvador vivo, pronto e disposto para nos ajudar! -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 19 (1890). CRA 170 1 266. Uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite e a concupiscência, é possível a todo aquele que quiser unir a sua vontade humana, fraca e vacilante, à onipotente e inabalável vontade de Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 176 (1905). ------------------------Capítulo 9 -- Regularidade no comer O estômago precisa de descanso CRA 173 1 267. O estômago precisa receber cuidadosa atenção. Não deve ser mantido em trabalho constante. Dai a esse maltratado e muito abusado órgão alguma paz, sossego e descanso. Depois de haver o estômago feito sua obra relativa a uma refeição, não abarroteis mais trabalho sobre ele antes de ter tido oportunidade de descansar e antes de ter sido pela natureza provido suficiente suprimento de suco gástrico para cuidar de mais alimento. Cinco horas, pelo menos, devem mediar entre cada refeição, e tende sempre em mente que, se quisésseis fazer uma experiência veríeis que duas refeições são preferíveis a três. -- Carta 73a, 1896. Tomai um desjejum substancioso CRA 173 2 268. É costume e norma da sociedade tomar um desjejum leve. Mas não é esta a melhor maneira de tratar o estômago. Na ocasião do desjejum o estômago está em melhores condições de cuidar de mais alimento do que na segunda ou terceira refeição do dia. O hábito de tomar um desjejum insuficiente e um lauto almoço é errado. Fazei vosso desjejum corresponder mais aproximadamente à refeição mais liberal do dia. -- Carta 3, 1884. Jantares tardios CRA 173 3 269. Para as pessoas de hábitos sedentários, as ceias tarde da noite são particularmente nocivas. Para essas as desordens criadas são geralmente o começo de moléstias que findam na morte. CRA 173 4 Em muitos casos a fraqueza que leva a desejar alimento é sentida porque os órgãos digestivos foram muito sobrecarregados durante o dia. Depois de digerir uma refeição, os órgãos que se empenharam nesse trabalho precisam de repouso. Pelo menos cinco ou seis horas devem entremear as refeições; e a maior parte das pessoas que experimentarem esse plano, verificarão que duas refeições por dia são preferíveis a três. -- A Ciência do Bom Viver, 304 (1905). CRA 174 1 270. Muitos condescendem com o pernicioso hábito de comer justamente antes de dormir. Podem ter tomado três refeições regulares; contudo, por ter uma sensação de desfalecimento, como se estivessem com fome, tomam um lanche, ou quarta refeição. Tendo condescendido com esta prática errada, tornou-se ela um hábito, e têm a impressão de não poderem dormir sem tomar um lanche justamente antes de se recolherem. Em muitos casos, a causa desse desfalecimento é terem sido os órgãos digestivos já por demais sobrecarregados através do dia, para cuidar de alimento insalubre impingido ao estômago com demasiada freqüência, e em quantidades excessivas. Os órgãos digestivos assim sobrecarregados tornam-se cansados, e carecem de um período de completo repouso do trabalho para recuperar suas energias gastas. Nunca se deve tomar uma segunda refeição sem que o estômago tenha tido tempo para descansar do trabalho de digerir a refeição precedente. Caso seja tomada uma terceira refeição, deve ela ser leve, e várias horas antes de ir para a cama. CRA 174 2 Com muitos, porém, o pobre e cansado estômago reclama em vão de seu cansaço. E atulhado com mais alimento, que põe em movimento os órgãos digestivos, para de novo executar a mesma rotina de trabalho, através das horas do repouso. O sono dessas pessoas é em geral perturbado com sonhos desagradáveis, e de manhã despertam cansadas. Há uma sensação de languidez e falta de apetite. O organismo inteiro sente falta de energia. Dentro de pouco tempo os órgãos digestivos estão gastos, pois não tiveram tempo para descansar. Essas pessoas tornam-se infelizes dispépticos, e ficam a pensar o que os teria feito assim. A causa trouxe o seguro resultado. Se essa prática for seguida por longo período de tempo, tornar-se-á a saúde seriamente enfraquecida. O sangue torna-se impuro, a tez pálida, e freqüentemente aparecem erupções. Muitas vezes ouvireis queixas dessas pessoas, de freqüentes dores e irritação na região do estômago, e quando trabalham seu estômago fica tão cansado que são forçadas a desistir do trabalho, e descansar. Parecem não atinar com a causa desse estado de coisas; pois, no demais, acham-se aparentemente sadias. Causa e cura da sensação de esvaimento CRA 175 1 Os que mudam de três refeições para duas ao dia, a princípio serão mais ou menos incomodados por uma languidez, especialmente na ocasião em que era seu hábito tomar sua terceira refeição. Mas se perseverarem por breve tempo, desaparecerá essa prostração. CRA 175 2 O estômago, quando nos deitamos para dormir, deve ter terminado todo o seu trabalho, para fruir o descanso, assim como as outras partes do corpo. O trabalho da digestão não deve prosseguir em tempo algum das horas do sono. Depois de o estômago, quando sobrecarregado, ter efetuado sua tarefa, fica exausto, o que motiva a sensação de esvaimento. Então muitos se enganam, julgando que seja a falta de alimento que produza essa sensação, e sem darem ao estômago tempo para descansar, tomam mais alimento, o qual no momento remove a debilidade. E quanto mais se condescender com o apetite, tanto mais clamará ele por satisfação. Esse desfalecimento é geralmente resultado do comer carne, e comê-la freqüentemente e em demasia. O estômago torna-se cansado por ser mantido constantemente em atividade, cuidando de alimento nem sempre o mais saudável. Sem tempo para repousar, os órgãos digestivos enfraquecem-se, de onde a sensação do esvaimento, e desejo de comer freqüentemente. O remédio de que precisam esses, é comer menos freqüentemente e em menor abundância, satisfazendo-se com alimento simples e natural, comendo duas vezes, ou, no máximo, três vezes ao dia. O estômago precisa de períodos regulares de trabalho e repouso; daí ser uma perniciosíssima violação das leis da saúde o comer irregularmente e entre as refeições. Com hábitos regulares e alimento apropriado, o estômago gradualmente se recuperará. -- Healthful Living, cap. 1, 55-57 (1865). CRA 175 3 271. O estômago pode ser educado por tal forma que deseje alimento oito vezes ao dia, e se sinta enfraquecido se não for satisfeito. Isto, porém, não é argumento em favor de comer tão freqüentemente. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1883. O plano de duas refeições CRA 176 1 272. Na maioria dos casos duas refeições ao dia são preferíveis a três. O jantar, quando muito cedo, incompatibiliza-se com a digestão da refeição prévia. Sendo mais tarde, não é digerido antes da hora de deitar. Assim o estômago deixa de conseguir o devido repouso. O sono é perturbado, cansam-se o cérebro e os nervos, é prejudicado o apetite para a refeição matutina, o organismo todo não se restaura, e não estará preparado para os deveres do dia. -- Educação, 205 (1903). CRA 176 2 273. O costume de comer apenas duas vezes por dia, em geral, demonstra-se benéfico à saúde; todavia, sob certas circunstâncias, talvez algumas pessoas tenham necessidade de uma terceira refeição. Esta, porém, deve ser muito leve, e de comida de fácil digestão. Bolachas de sal, ou pão torrado e fruta, ou bebida de cereal, eis os alimentos mais próprios para a refeição da noite. -- A Ciência do Bom Viver, 321 (1905). CRA 176 3 274. A maioria das pessoas goza melhor saúde tomando duas refeições ao dia, em vez de três; outras, sob as circunstâncias existentes, podem precisar de alguma comida na hora do jantar; mas esta refeição deve ser muito leve. Ninguém se julgue um critério para todos -- que cada um tenha que proceder exatamente como ele. CRA 176 4 Nunca enganeis o estômago, levando-o a proceder diferentemente daquilo que a saúde requer, e nunca dele abuseis impondo-lhe uma carga que não deve levar. Cultivai o domínio próprio. Refreai o apetite; conservai-o sob o controle da razão. Não julgueis necessário abarrotar a mesa com alimento insalubre quando tendes visitas. A saúde de vossa família e a influência sobre vossos filhos devem ser consideradas, tanto quanto os hábitos e gostos de vossos hóspedes. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 58; Conselhos Sobre Saúde, 156 (1890). CRA 176 5 275. Para alguns é demasiado forte para ser resistida a tentação de ver outros tomarem a terceira refeição, e imaginam que estão com fome, quando a sensação não é um pedido de alimento da parte do estômago, mas um desejo da mente que não foi fortalecida pelo firme princípio, nem disciplinada para negar-se a si mesma. -- Testimonies for the Church 4:574 (1881). Como remédio para a irritabilidade CRA 177 1 276. O procedimento do irmão H não tem sido o que deveria. Seus gostos e aversões são muito fortes e ele não tem conservado sob controle da razão os seus próprios sentimentos. Irmão H, vossa saúde está grandemente prejudicada por comer em excesso, e comer em ocasiões impróprias. Isto causa um afluxo de sangue para o cérebro. A mente torna-se confusa, e não tendes o devido controle sobre vós mesmo. Dais a impressão de um homem cuja mente esteja desequilibrada. Tendes gestos violentos, irritais-vos facilmente, e olhais às coisas numa luz exagerada e pervertida. Bastante exercício ao ar livre, e um regime abstêmio, são essenciais à vossa saúde. Não deveis tomar mais de duas refeições ao dia. Se sentis que deveis comer à noite, tomai um pouco de água fria, e de manhã vos sentireis muito melhor por não haverdes comido. -- Testimonies for the Church 4:501, 502 (1880). Ninguém deve ser forçado a omitir a terceira refeição CRA 177 2 277. Com respeito à questão do regime, esta questão deve ser tratada com tanta prudência que não dê a impressão de imposição. Deve ser mostrado que tomar duas refeições é muito melhor para a saúde do que três. Não deve, porém, haver imposição autoritária. Ninguém ligado ao sanatório deve ser obrigado a adotar o sistema de duas refeições. É mais apropriada a persuasão do que a força. ... CRA 177 3 Os dias agora estão ficando mais curtos, e será ocasião oportuna para apresentar esta questão. À medida que os dias se encurtam, tome-se o almoço um pouco mais tarde, e então a terceira refeição não será julgada necessária. -- Carta 145, 1901. CRA 178 1 278. Com respeito à terceira refeição, não torneis compulsório o tomar apenas duas refeições. Alguns têm melhor saúde tomando três refeições leves, e quando se limitam a duas, sentem muito severa a mudança. -- Carta 200, 1902. Não deve ser um teste CRA 178 2 279. Eu tomo apenas duas refeições ao dia. Não penso, porém, que o número de refeições deva ser um teste. Se há os que desfrutam melhor saúde tomando três refeições, é direito seu tomarem três. Eu prefiro duas. Há trinta e cinco anos pratico este sistema de duas refeições. -- Carta 30, 1903. Resultados objetáveis da imposição do plano de duas refeições em escolas missionárias CRA 178 3 280. Têm muitos a impressão de que a questão do regime alimentar esteja sendo levada a extremos. Quando os alunos combinam o esforço físico e mental, em tão grande escala como o fazem nesta escola (Avondale), deixa de existir, em grande parte, a objeção à terceira refeição. Então ninguém precisa sentir-se prejudicado. Os que conscienciosamente só tomam duas refeições não precisam absolutamente mudar seu hábito. ... CRA 178 4 O fato de que alguns, professores e estudantes, têm o privilégio de tomar suas refeições no quarto, não está exercendo influência saudável. Deve haver ação harmônica no manuseio das refeições. Se os que só tomam duas refeições julgam que na segunda devam comer bastante para perfazer também a terceira, eles farão dano aos seus órgãos digestivos. Tomem os estudantes a terceira refeição, preparada sem verduras, mas com alimento simples e saudável, tais como frutas e pão. -- Carta 141, 1899. A importância da regularidade CRA 179 1 281. Tomada a refeição regular, deve-se permitir ao estômago um descanso de cinco horas. Nenhuma partícula de alimento deve ser introduzida no estômago até a próxima refeição. Neste intervalo o estômago efetuará sua obra, estando então em condições de receber mais alimento. CRA 179 2 Em caso algum devem as refeições ser irregulares. Se se faz o almoço uma ou duas horas antes do tempo usual, o estômago não está preparado para o novo encargo, pois não dispôs ainda do alimento tomado na refeição anterior, e não possui força vital para novo trabalho. Assim é sobrecarregado o organismo. CRA 179 3 Tampouco devem as refeições ser retardadas uma ou duas horas, para se acomodarem às circunstâncias, ou para se poder terminar certa porção de trabalho. O estômago pede alimento na ocasião em que está acostumado a recebê-lo. Retardado este tempo, diminui a vitalidade do organismo, alcançando afinal um nível tão baixo que o apetite desaparece inteiramente. Se é tomado alimento então, o estômago acha-se incapaz de cuidar dele devidamente. O alimento não pode ser convertido em sangue bom. CRA 179 4 Se todos comessem em períodos regulares, não provando coisa alguma entre as refeições, estariam dispostos para suas refeições, encontrando no comer uma satisfação que lhes recompensaria o esforço. -- Manuscrito 1, 1876. CRA 179 5 282. É de vital importância a regularidade no comer. Deve haver tempo determinado para cada refeição. Nesta ocasião, coma cada um o que o organismo requer, e depois não tome nada mais até a próxima refeição. Muitas pessoas comem quando o organismo não sente necessidade de alimento, em intervalos irregulares e entre as refeições, porque não têm suficiente força de vontade para resistir à inclinação. Quando em viagem, alguns estão continuamente mordiscando, se lhes chega ao alcance qualquer coisa de comer. Isto é muito nocivo. Se os viajantes comessem regularmente, um alimento simples e nutritivo, não experimentariam tão grande fadiga, nem sofreriam tanto enjôo. -- A Ciência do Bom Viver, 303, 304 (1905). CRA 180 1 283. A regularidade nas refeições deve ser fielmente observada. Coisa alguma se deve comer entre elas, nada de doces, nozes, frutas, ou qualquer espécie de comida. A irregularidade na alimentação arruína a saúde dos órgãos digestivos, com detrimento da saúde em geral, e da alegria. E quando as crianças chegam à mesa, não apetecem os alimentos sãos; desejam o que lhes é prejudicial. -- A Ciência do Bom Viver, 384 (1905). CRA 180 2 284. Não tem havido nessa família o devido arranjo em relação ao regime; tem havido irregularidade. Devia ter havido tempo certo para cada refeição, e o alimento devia ter sido preparado de forma simples, livre de gordura; mas deviam ter-se dado ao trabalho de torná-lo nutritivo, saudável e convidativo. Nessa família, como em muitas outras, tem-se feito recepção especial para os visitantes; preparam-se muitos pratos, e freqüentemente demasiado substanciosos, de modo que os que se achavam à mesa eram tentados a comer em excesso. Então, na ausência de companhia, havia grande reação, uma negligência no preparo dos pratos apresentados na mesa. O regime era pobre, faltando-lhe nutrientes. Não era considerado importante, era "apenas para nós mesmos". Os alimentos eram muitas vezes comidos a qualquer hora, sem consideração à hora regular da refeição. Todos os membros da família sofriam dano com esse arranjo. É pecado, para qualquer de nossas irmãs, fazerem tão grandes preparativos para as visitas, e fazerem injustiça a sua própria família, por um regime escasso, que não sustente suficientemente o organismo. -- Testimonies for the Church 2:485 (1870). CRA 180 3 285. Fico atônita ao saber que, depois de todo o esclarecimento que tem sido dado nesta instituição, muitos de vós comam entre as refeições! Não deveis nunca permitir que um bocado vos passe pelos lábios entre vossas refeições regulares. Comei o que deveis comer, mas comei-o na refeição, e então esperai até à próxima. -- Testimonies for the Church 2:373 (1869). CRA 180 4 286. Muitos volvem costas à luz e ao conhecimento, e sacrificam o princípio ao paladar. Comem quando o organismo não carece de alimento, e a intervalos irregulares, porque não têm força moral para resistir à inclinação. Em resultado rebela-se o abusado estômago, e seguem-se sofrimentos. A regularidade no comer é muito importante para a saúde do corpo e a tranqüilidade do espírito. Nunca deve um bocado de alimento atravessar os lábios entre as refeições. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 50; Conselhos Sobre Saúde, 118 (1890). CRA 181 1 287. E o dispéptico -- o que assim o tornou foi seguir esse procedimento. Em vez de observar regularidade, tem permitido que o apetite o controlasse, e tem comido entre as refeições. -- Testimonies for the Church 2:374 (1869). CRA 181 2 288. Em geral não se ensinam as crianças com respeito à importância de quando, como e o que devem comer. Permite-se-lhes condescender livremente com os seus gostos, comer a todas as horas, servir-se de frutas quando estas lhes tentam os olhos, e isto, juntamente com tortas, bolos, pão e manteiga, e doces comidos quase constantemente, torna-os glutões e dispépticos. Os órgãos digestivos, qual um moinho que estivesse trabalhando continuamente, torna-se debilitado, a força vital é chamada do cérebro para ajudar o estômago em sua sobrecarga, enfraquecendo-se assim as faculdades mentais. O estímulo desnatural e o desgaste das forças vitais tornam-nos nervosos, impacientes quando refreados, voluntariosos e irritadiços. -- The Health Reformer, Maio de 1877. CRA 181 3 289. Muitos pais, para evitar a tarefa de pacientemente educarem os filhos em hábitos de negação própria e ensinar-lhes como fazer reto uso de todas as bênçãos de Deus, deixam-nos comer e beber sempre que lhes agrade. O apetite e a condescendência egoísta, a menos que sejam positivamente refreados, crescem com o crescimento e fortalecem-se à medida que aumentem as forças. -- Testimonies for the Church 3:564 (1875). CRA 181 4 290. É costume bastante comum entre o povo do mundo, comer três vezes ao dia, além de comer a intervalos irregulares, entre as refeições; e a última refeição é em geral a mais abundante, sendo muitas vezes tomada justamente antes de deitar. Isto é transpor a ordem natural; uma refeição abundante nunca deve ser tomada tão tardiamente. Se essas pessoas mudassem sua prática, tomando só duas refeições ao dia, e coisa alguma entre elas, nem mesmo uma maçã, uma noz, ou qualquer espécie de fruta, o resultado se veria na forma de bom apetite e saúde muito melhorada. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. CRA 182 1 291. Quando viajam, alguns estão quase constantemente debicando, se existe qualquer coisa ao seu alcance. É esta uma prática perniciosíssima. Os animais, que não têm razão, e que nada sabem de esforço mental, poderão assim proceder sem sofrer prejuízo, mas não servem eles de critério para seres racionais, possuidores de faculdades mentais que devem ser usadas para Deus e a humanidade. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. CRA 182 2 292. Banquetes de glutões, e alimento introduzido no estômago em ocasiões impróprias, deixam uma influência sobre cada fibra do organismo. -- Health Reformer, Junho de 1878. CRA 182 3 293. Muitos comem a toda hora, a despeito das leis da saúde. Depois, a mente fica obscurecida. Como podem os homens ser honrados com a iluminação divina, quando são tão descuidados em seus hábitos, tão desatenciosos para com a luz que Deus tem dado com relação a estas coisas? Irmãos, não é tempo de vos converterdes quanto a essas condescendências egoístas? -- Obreiros Evangélicos, 241 (1892). CRA 182 4 294. Três refeições ao dia, e coisa alguma entre elas -- nem mesmo uma maçã -- deve ser o limite máximo da condescendência. Os que vão além violam as leis da Natureza e sofrerão a penalidade. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1983. ------------------------Capítulo 10 -- O jejum A vitória de Cristo mediante a negação do apetite CRA 185 1 295. Para Cristo, como para o santo par no Éden, foi o apetite o terreno da primeira grande tentação. Exatamente onde começara a ruína, deveria começar a obra de nossa redenção. Como, pela condescendência com o apetite, caíra Adão, assim, pela negação do mesmo, devia Cristo vencer. "E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; e, chegando-se a Ele o tentador, disse: se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." CRA 185 2 Do tempo de Adão ao de Cristo, a condescendência própria havia aumentado o poder dos apetites e paixões, tendo eles domínio quase ilimitado. Os homens se haviam aviltado e ficado doentes, sendo-lhes, de si mesmos, impossível vencer. Cristo venceu em favor do homem, pela resistência à severíssima prova. Exercitou, por amor de nós, um autodomínio mais forte que a fome e a morte. E nessa primeira vitória estavam envolvidos outros resultados que entram em todos os nossos conflitos com o poder das trevas. CRA 185 3 Quando Jesus chegou ao deserto, estava rodeado da glória do Pai. Absorto em comunhão com Deus, foi erguido acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e Ele foi deixado a lutar com a tentação. Ela O apertava a todo o instante. Sua natureza humana recuava do conflito que O aguardava. Durante quarenta dias, jejuou e orou. Fraco e emagrecido pela fome, macilento e extenuado pela angústia mental, "o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que de outro qualquer, e Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens". Era então a oportunidade de Satanás. Julgou poder agora vencer a Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 117, 118 (1898). CRA 186 1 296. Cristo Se submeteu à prova na questão do apetite, e por quase seis semanas resistiu à tentação em favor do homem. Este longo jejum no deserto destinava-se a ser uma lição ao homem caído, através de todos os tempos. Cristo não foi vencido pelas fortes tentações do inimigo, e isto é uma animação para toda alma que luta contra a tentação. Cristo tornou possível, a qualquer membro da família humana, resistir à tentação. Todos os que querem viver vida piedosa podem vencer, como Cristo venceu, pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra de seu testemunho. Aquele longo jejum do Salvador fortaleceu-O para resistir. Deu Ele prova ao homem de que começaria a obra de vencer justamente onde começou a ruína -- na questão do apetite. -- Carta 158, 1909. CRA 186 2 297. Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada. Confiava-Se a Deus, e mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de Seu Pai, saía vencedor. Os que professam a verdade para estes últimos dias, acima de todas as outras classes de professos cristãos, devem imitar o grande Modelo na oração. -- Testimonies for the Church 2:202, 203 (1869); Testemunhos Selectos 1:221. CRA 186 3 298. O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite traria debilidade física, adormecendo órgãos perceptivos de maneira que se não discerniriam as coisas sagradas e eternas. Cristo sabia que o mundo estava entregue à glutonaria, e que isto perverteria as faculdades morais. Se a condescendência com o apetite era tão forte sobre a raça humana que, para derribar-lhe o poder, foi exigido do divino Filho de Deus que jejuasse por cerca de seis semanas, em favor do homem, que obra se acha diante do cristão a fim de ele poder vencer da maneira por que Cristo venceu! A força da tentação para satisfazer o apetite pervertido só pode ser avaliada em face da inexprimível agonia de Cristo naquele prolongado jejum no deserto. -- Testimonies for the Church 3:486 (1875); Testemunhos Selectos 1:415. Como preparo para o estudo das escrituras CRA 187 1 299. Há nas Escrituras algumas coisas difíceis de entender e que segundo diz Pedro, os indoutos e inconstantes torcem para sua própria perdição. Não podemos explicar nesta vida o sentido de toda passagem das Escrituras; não há, porém, pontos vitais de verdade prática, que fiquem envoltos em mistério. CRA 187 2 Ao chegar, na providência de Deus, o tempo de o mundo ser provado quanto à verdade para aquele tempo, mentes serão despertadas pelo Seu Espírito para pesquisarem as Escrituras, mesmo com jejum e oração, até que se descubra elo após elo, e estes sejam ligados em perfeita cadeia. CRA 187 3 Todo fato que tem que ver de perto com a salvação de almas, será tornado tão claro, que ninguém precisa errar, ou andar em trevas. -- Testimonies for the Church 2:692 (1870); Testemunhos Selectos 1:286. CRA 187 4 300. Pontos difíceis da verdade presente têm sido compreendidos pelos fervorosos esforços de uns poucos que eram dedicados à obra. Jejum e fervente oração a Deus têm levado o Senhor a abrir-lhes ao entendimento os Seus tesouros de verdade. -- Testimonies for the Church 2:650, 651 (1870). CRA 187 5 301. Os que sinceramente desejam a verdade não serão relutantes em franquear à investigação e crítica as suas posições, e não se aborrecerão se suas opiniões e idéias forem contraditas. Este foi o espírito acariciado entre nós quarenta anos atrás. Reuníamo-nos com a alma opressa, orando para que fôssemos unidos na fé e na doutrina; pois sabíamos que Cristo não é dividido. Um ponto de cada vez, era tomado como assunto de investigação. A solenidade caracterizava esses concílios de investigação. As Escrituras eram abertas com uma intuição de reverência. Muitas vezes jejuávamos, a fim de que estivéssemos mais habilitados a compreender a verdade. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1892; Vida e Ensinos, 47. Quando é necessário auxílio divino especial CRA 187 6 302. Para certas ocasiões, o jejum e oração são recomendáveis e apropriados. Na mão de Deus são o meio de purificar o coração e promover uma disposição de espírito receptiva. Obtemos resposta às nossas orações porque humilhamos nossa alma perante Deus. -- Carta 73, 1896. CRA 188 1 303. É desígnio de Deus que os que têm responsabilidades se reúnam muitas vezes, para aconselharem-se mutuamente e orarem fervorosamente, pedindo aquela sabedoria que unicamente Ele pode comunicar. Unidos, fazei conhecidas a Deus vossas dificuldades. Falai menos; muito tempo precioso se perde em conversas que não trazem luz. Unam-se irmãos em jejum e oração, pedindo a sabedoria que Deus prometeu suprir liberalmente. -- Obreiros Evangélicos, (velha edição), 236 (1892). CRA 188 2 304. Sempre que seja necessário para o progresso da causa da verdade e para a glória de Deus, que se tenha que defrontar um oponente, quão cuidadosamente, e com que humildade, devem eles [os defensores da verdade] entrar na luta. Com esquadrinhação do coração, confissão de pecado, e fervorosa oração, e muitas vezes jejuando por algum tempo, devem suplicar a Deus que os ajude especialmente e conceda a Sua salvadora e preciosa mensagem uma vitória gloriosa, a fim de que o erro apareça em sua verdadeira deformidade, e seus defensores sejam completamente desbaratados. -- Testimonies for the Church 1:624 (1867). O verdadeiro jejum CRA 188 3 305. O verdadeiro jejum, que deve ser recomendado a todos, é a abstinência de qualquer espécie estimulante de alimento, e o uso apropriado de alimento saudável e simples, que Deus proveu em abundância. Precisam os homens pensar menos acerca do que hão de comer e beber de alimento temporal, e muito mais acerca do alimento do Céu, que dará tono e vitalidade à experiência religiosa toda. -- Carta 73, 1896; Medicina e Salvação, 283. CRA 188 4 306. Agora e daqui por diante até ao fim do tempo, deve o povo de Deus ser mais fervoroso, mais desperto, não confiando em sua própria sabedoria, mas na sabedoria de seu Líder. Devem pôr de parte dias de jejum e oração. Pode não ser requerida a completa abstinência de alimento, mas devem comer moderadamente, do alimento mais simples. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1904. CRA 189 1 307. Todo o jejuar do mundo não substituirá a simples confiança na Palavra de Deus. "Pedi", diz Ele, "e recebereis."... Não sois chamados a jejuar quarenta dias. O Senhor suportou esse jejum por vós, no deserto da tentação. Não haveria virtude em semelhante jejum; há, porém, virtude no sangue de Cristo. -- Carta 206, 1908. CRA 189 2 308. O espírito do verdadeiro jejum e oração é o espírito que rende a Deus mente, coração e vontade. -- Manuscrito 28, 1900. Como remédio para a doença CRA 189 3 309. A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de moléstia, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que os sobrecarregados órgãos digestivos tenham ensejo de descansar. Um regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos que trabalham com o cérebro. Muitas vezes um breve período de inteira abstinência de comida, seguido de alimento simples e moderadamente tomado, tem levado à cura por meio dos próprios esforços recuperadores da natureza. Um regime de abstinência por um ou dois meses, havia de convencer a muitos sofredores que a vereda da abnegação é o caminho para a saúde. -- A Ciência do Bom Viver, 235 (1905). CRA 189 4 310. Alguns há que seriam mais beneficiados pela abstinência de alimento por um dia ou dois cada semana, do que por qualquer quantidade de tratamento ou conselho médico. Jejuar um dia por semana ser-lhes-ia de incalculável benefício. -- Testimonies for the Church 7:134 (1902). CRA 189 5 311. Condescender em comer com demasiada freqüência, e em quantidade demasiado grande, sobrecarrega os órgãos digestivos e produz um estado febril do organismo. O sangue torna-se impuro, e então ocorrem doenças de várias espécies. ... CRA 190 1 Os sofredores, nestes casos, podem fazer por si mesmos o que os outros não podem por eles fazer tão bem. Devem começar por aliviar a natureza da carga que lhe impuseram. Devem remover a causa. Jejuar por breve tempo, dando ao estômago oportunidade para descansar. Reduzir o estado febril do organismo por cuidadosa e inteligente aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por livrar o organismo de impurezas. -- Spiritual Gifts 4:133, 134 (1864). CRA 190 2 312. As pessoas que condescenderam com o apetite para comer livremente carne, molhos altamente temperados, e várias espécies de substanciosos bolos e conservas, não podem imediatamente ter prazer num regime simples, saudável e nutritivo. Seu paladar está tão pervertido que não têm apetite para um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Não devem esperar que logo de início tenham prazer em alimento tão diferente daquele com que têm estado condescendendo. Se não podem, a princípio, ter prazer em alimento simples, devem jejuar até que o possam. Esse jejum se lhes demonstrará de maior benefício do que remédios, pois o abusado estômago encontrará o descanso de que há muito vinha necessitando, e a verdadeira fome pode ser satisfeita com um regime simples. Levará tempo para o paladar recuperar-se dos abusos que recebeu, e voltar ao seu tom natural. Mas a perseverança no procedimento de negação própria quanto a comer e beber logo tornará saboroso o alimento saudável, e logo será tomado com maior satisfação do que o gastrônomo sente com suas ricas iguarias. -- Spiritual Gifts 4:130, 131; Conselhos Sobre Saúde, 148 (1864). Guardai-vos da abstinência debilitadora CRA 190 3 313. Em casos de febre alta, a abstinência de alimento por breve tempo, diminuirá a febre, e tornará mais eficaz o emprego de água. Mas o médico assistente deve compreender a real situação do doente, e não permitir que o seu regime seja reduzido por grande espaço de tempo, até que seu organismo se debilite. Enquanto a febre está alta, pode o alimento irritar e excitar o sangue; mas logo que se vença a força da febre, deve-se-lhe ministrar alimento, cuidadosa e judiciosamente. Se o alimento for retido por tempo demasiado, o desejo que dele sente o estômago criará febre, que será aliviada por uma adequada ministração de alimento de qualidade apropriada. Isto dará à natureza algo que fazer. Se o doente mostra grande desejo de alimentar-se, mesmo durante a febre, satisfazer esse desejo com quantidade moderada de alimento simples será menos prejudicial do que negar-lho. Se ele não pode aplicar a mente em nenhuma outra coisa, a natureza não ficará sobrecarregada com um pequena porção de alimento simples. -- Testimonies for the Church 2:384, 385 (1870). Conselho a um pastor idoso CRA 191 1 314. Fui informada de que por certo período de tempo tomastes apenas uma refeição ao dia; sei, porém, que em vosso caso isso está errado, pois foi-me mostrado que necessitáveis de um regime nutritivo, e que estáveis em perigo de serdes abstêmio por demais. Vossa força não admitia tão severa disciplina. ... CRA 191 2 Penso que tendes errado em jejuar dois dias. Deus não requeria isto de vós. Rogo-vos que sejais cauteloso e comais livremente alimento bom e saudável duas vezes ao dia. Por certo vossa força decrescerá e vossa mente se tornará desequilibrada a menos que mudeis vosso procedimento de usar um regime abstêmio. -- Carta 2, 1872. ------------------------Capítulo 11 -- Extremos no regime alimentar Importância de um procedimento coerente CRA 195 1 315. Muitos dos pontos de vista mantidos pelos adventistas do sétimo dia diferem vastamente dos mantidos pelo mundo em geral. Os que defendem uma verdade impopular devem, mais que todos os outros, procurar ser coerentes em seu viver. Não devem procurar ver quão diferentes podem ser dos outros, mas sim quanto podem aproximar-se daqueles que eles desejam influenciar, a fim de que possam ajudá-los a chegar às posições que eles mesmos tanto prezam. Tal procedimento recomendará as verdades que sustentam. CRA 195 2 Os que defendem a reforma no regime alimentar devem, pela maneira em que provêem a sua própria mesa, apresentar sob o melhor prisma as vantagens da reforma de saúde. Devem exemplificar os seus princípios de tal modo que a recomendem ao juízo das pessoas sinceras. CRA 195 3 Existe uma classe numerosa que rejeitará qualquer movimento de reforma, por muito razoável que seja, se porventura impõe restrições ao apetite. Eles consultam o paladar, em vez da razão e das leis da saúde. Desta classe, todos os que deixam o trilho batido do costume e defendem uma reforma sofrerão oposição, e serão considerados radicais, por mais coerente que seja o seu modo de proceder. Ninguém deve, porém, permitir que a oposição ou o ridículo o afastem da obra da reforma, ou o levem a considerá-la levianamente. Quem estiver possuído do espírito que atuava em Daniel, não será estreito nem presumido, mas será firme e decidido em defender o direito. Em todas as suas associações, quer com seus irmãos quer com outros, não se desviará do princípio, enquanto ao mesmo tempo não deixará de manifestar uma paciência nobre e cristã. Se os que defendem a reforma de saúde levam a questão a extremos, não será de admirar que o povo se aborreça. Muitas vezes nossa fé religiosa é desta maneira levada ao descrédito, e em muitos casos os que testemunham mostras de incoerência, nunca mais podem ser levados a pensar que haja na reforma qualquer coisa de bom. Esses extremistas causam, em poucos meses, mais dano do que podem desfazer em toda uma vida. Empenham-se em uma obra que Satanás se apraz em ver prosseguir. CRA 196 1 Duas classes têm-me sido apresentadas: primeira, os que não estão vivendo à altura da luz que Deus lhes deu; segunda, os que são rígidos demais em levar a cabo suas idéias unilaterais acerca da reforma e impô-las aos outros. Quando assumem uma atitude, nela permanecem obstinadamente, ultrapassando quase sempre os limites. CRA 196 2 A primeira classe adotou a reforma porque alguém a adotou. Não obtiveram por si mesmos uma compreensão clara de seus princípios. Muitos dos que professam a verdade receberam-na porque outros a receberam, e nunca souberam dar a razão de sua fé. Por isso é que são tão instáveis. Em vez de pesar seus motivos à luz da eternidade, em vez de obter um conhecimento prático dos princípios que motivam todas as suas ações, em vez de cavarem até ao fundo e construírem por si mesmos sobre alicerces verdadeiros, andam à luz da tocha de outros, e por certo fracassarão. CRA 196 3 A outra classe assume pontos de vista errados acerca da reforma. Adotam regime escasso demais. Vivem com alimento de qualidade pobre, preparado sem atenção ao nutrimento do organismo. É importante que o alimento seja preparado com cuidado, de modo que o apetite, se não estiver pervertido, possa ter prazer nele. CRA 196 4 Pelo fato de nós, por princípio, rejeitarmos o uso dos alimentos que irritam o estômago e destroem a saúde, nem por isso devemos dar idéia que seja de pouca conseqüência o que comemos. Não recomendo um regime empobrecido. Muitos que carecem dos benefícios de um regime saudável, e por motivos de consciência adotam o que eles julgam ser assim, enganam-se supondo que um cardápio pobre, preparado sem esforço, e consistente na maior parte de mingaus e bolinhos de farinha grosseira, pesados e mal cozidos, seja um regime reformado. Alguns usam leite com grande quantidade de açúcar no mingau, julgando que estão praticando a reforma de saúde. Mas o açúcar e leite juntos são susceptíveis de causar fermentação no estômago, sendo, pois, prejudiciais. O livre uso de açúcar em qualquer forma tende a obstruir o organismo, e não raro é causa de doença. Alguns pensam que só devem comer determinada quantidade, e de determinada qualidade, e limitar-se a duas ou três espécies de alimento. Mas comendo quantidade demasiado pequena, e não da melhor qualidade, não recebem nutrição suficiente. ... CRA 197 1 Idéias estreitas, e acentuação exagerada de pontos pequenos, têm sido grande mal para a causa da reforma de saúde. É possível esforçar-se tanto para economizar no preparo do alimento que, em vez de um regime saudável, torna-se um regime de miséria. Qual o resultado? -- Sangue pobre. Já vi vários casos de doença de cura dificílima, devidos a um regime insuficiente. As pessoas assim doentes não foram levadas pela pobreza a adotar um regime insuficiente, mas isso fizeram para executar suas idéias errôneas acerca do que constitui a reforma de saúde. Dia a dia, refeição após refeição, os mesmos pratos eram preparados, sem variação, até que resultaram a dispepsia e debilidade geral. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 55; Conselhos Sobre Saúde, 153-155 (1890). Idéias erradas acerca da reforma CRA 197 2 316. Nem todos quantos professam crer na reforma dietética, são realmente reformadores. Para muitas pessoas a reforma consiste meramente em rejeitar certos artigos prejudiciais. Não compreendem claramente os princípios da saúde, e sua mesa ainda carregada de iguarias nocivas, longe está de ser um exemplo da temperança e moderação cristãs. CRA 197 3 Outra classe, em seu desejo de dar bom exemplo, vai para o extremo oposto. Alguns não podem obter os alimentos mais desejáveis, e em lugar de usar aqueles que melhor lhes supririam a falta, adotam um regime pobre. Sua alimentação não fornece os elementos necessários a formar um bom sangue. A saúde sofre, é prejudicada a utilidade, e seu exemplo testifica mais contra a reforma dietética do que em seu favor. CRA 197 4 Outros pensam que, uma vez que a saúde requer um regime simples, pouca atenção precisa ser dispensada à seleção ou preparo do alimento. Alguns se restringem a uma alimentação bem escassa, não tendo a variedade suficiente para suprir às necessidades do organismo, e em conseqüência, sofrem. Impondo pontos de vista pessoais CRA 198 1 Os que não têm senão parcial compreensão dos princípios da reforma, são muitas vezes os mais rígidos, não somente em viver segundo suas próprias idéias, como em insistir nas mesmas para com a família e os vizinhos. O efeito dessas erradas reformas, tal como se manifesta em sua má saúde, e o esforço de incutir nos demais a todo transe seus pontos de vista, dão muitas idéias falsas da reforma dietética, levando outros a rejeitá-la inteiramente. CRA 198 2 Os que entendem as leis da saúde e são governados por princípios, fugirão dos extremos, tanto da condescendência como da restrição. Sua alimentação é escolhida, não meramente para agradar ao apetite, mas para avigoramento do organismo. Procuram conservar todas as faculdades nas melhores condições para o mais elevado serviço a Deus e aos homens. O apetite acha-se sob o controle da razão e da consciência, e são recompensados com a saúde física e mental. Conquanto não insistam de modo impertinente em seus pontos de vista para os outros, seu exemplo é um testemunho em favor dos corretos princípios. Estas pessoas exercem vasta influência para o bem. CRA 198 3 Há verdadeiro senso comum na reforma do regime. O assunto deve ser larga e profundamente estudado, e ninguém deve criticar outros porque não estejam em todas as coisas, agindo em harmonia com seu ponto de vista. É impossível estabelecer uma regra fixa para regular os hábitos de cada um, e ninguém se deve considerar critério para todos. Nem todos podem comer as mesmas coisas. Comidas apetecíveis e sãs para uma pessoa, podem ser desagradáveis e mesmo nocivas para outra. Alguns não podem usar leite, ao passo que outros tiram bom proveito dele. Pessoas há que não conseguem digerir ervilhas e feijão; para outros, eles são saudáveis. Para uns as preparações de cereais integrais são boas, enquanto outros não as podem ingerir. -- A Ciência do Bom Viver, 318-320 (1905). Evitar regime empobrecido CRA 198 4 317. Mas que dizer quanto a um regime insuficiente? Tenho falado da importância de que a quantidade e a qualidade da comida estejam em estrito acordo com as leis da saúde. Não recomendamos, todavia, um regime alimentar insuficiente. Foi-me mostrado que muitos têm uma idéia errônea da reforma de saúde, e adotam uma alimentação bem pobre. Vivem com uma qualidade de comida barata e fraca, preparada sem cuidado ou sem atenção para com a nutrição do organismo. É de importância que o alimento seja preparado com cuidado, para que o apetite, quando não pervertido, o possa saborear. Pelo fato de, por princípio, rejeitarmos carne, manteiga, pastéis de carne, especiarias, toucinho e o que irrita o estômago e destrói a saúde, não se deve dar nunca a idéia de que não tem muita importância o que comemos. CRA 199 1 Alguns há que vão a extremos. Precisam comer determinada quantidade, e apenas tal qualidade, e se limitam a duas ou três coisas. Não permitem que sejam postas diante deles e sua família para comer senão poucas coisas. Comendo pequena quantidade de alimento e este não da melhor qualidade, não põem no estômago o que é próprio para nutrir o organismo. Comida sem nutrição não pode ser convertida em sangue bom. Um regime empobrecido, empobrecerá o sangue. -- Testemunhos Selectos 1:189 (1870). CRA 199 2 318. Só porque é errado comer apenas para satisfazer ao apetite pervertido, não se compreenda que devamos ser indiferentes com respeito ao nosso alimento. É questão da mais alta importância. Ninguém deve adotar regime empobrecido. Muitos se acham debilitados pela doença, e carecem de alimento nutritivo, bem cozido. Os reformadores de saúde, acima de todos os outros, devem ser cuidadosos em evitar extremos. O corpo precisa ter suficiente nutrimento. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 49, 50; Conselhos Sobre Saúde, 118 (1890). CRA 199 3 319. Caro irmão _____: CRA 199 4 No passado praticastes a reforma de saúde com rigor demasiado para que vos fosse um bem. Certa vez, quando estáveis muito doente, o Senhor me deu uma mensagem para salvar vossa vida. Tendes sido muito exigente em limitar vosso regime a certos alimentos. Enquanto orava por vós, foram-me dadas palavras para vós, a fim de vos colocardes no caminho certo. Foi enviada a mensagem de que devíeis permitir-vos um regime alimentar mais generoso. Não foi aconselhado o uso de alimentos cárneos. Deram-se orientações quanto ao alimento que devíeis tomar. Seguistes as orientações dadas, cooperastes, e estais ainda conosco. CRA 200 1 Muitas vezes penso nas instruções que então vos foram dadas. Têm-me sido dadas tantas preciosas mensagens para os doentes e sofredores! Por isso sou grata, e louvo ao Senhor. -- Manuscrito 59, 1912. Variar o cardápio CRA 200 2 320. Aconselhamos-vos a mudar vossos hábitos de vida; ao passo, porém, que isto fizerdes, advertimos-vos a fazê-lo sabiamente. Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago o aborrece, e depois me disseram que a reforma de saúde não lhes vai bem; que estavam enfraquecendo. Aí está uma razão por que alguns não foram bem-sucedidos em seus esforços para simplificar a comida. Usam um regime sem nutrição. A comida é preparada sem capricho, e comem continuamente a mesma coisa. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas todas as refeições não devem constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. A irmã deve evitar a gordura. Ela prejudica qualquer espécie de prato que prepare. Coma abundância de frutas e verduras. -- Testimonies for the Church 2:63 (1868); Testemunhos Selectos 1:194, 195. CRA 200 3 321. Muitos têm interpretado mal a reforma de saúde, acolhendo idéias pervertidas sobre o que constitui o reto viver. Alguns pensam sinceramente que um regime adequado consista principalmente de mingau. Alimentar-se principalmente de mingau não garante saúde aos órgãos digestivos, pois é alimento líquido demais. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. Consideração para com as necessidades individuais CRA 200 4 322. Tendes errado, pensando que fosse orgulho o que levou vossa esposa a desejar móveis mais confortáveis em torno de si. Ela tem sido cerceada e por vós tratada com mesquinhez. Carece de um regime mais liberal, mais abundante suprimento de alimento sobre sua mesa; e em casa precisa ela de objetos os mais confortáveis e convenientes que puderdes fazer, objetos que lhe tornem o trabalho o mais fácil possível. Mas tendes olhado as coisas sob um prisma errado. Tendes pensado que quase tudo que pudesse ser comido fosse bastante bom, contanto que pudésseis com isso viver e manter as forças. Tendes insistido em ser necessário a vossa débil esposa um regime escasso. Não pode ela, porém, receber bom sangue ou engordar, com o regime ao qual vos podeis limitar e com ele ter saúde. Pessoas há que não podem subsistir com o mesmo alimento com o qual outros passam bem, mesmo que seja preparado de igual maneira. CRA 201 1 Estais em perigo de tornar-vos extremista. Vosso organismo pode converter em bom sangue um regime muito rude e pobre. Vossos órgãos produtores de sangue estão em boas condições. Vossa esposa, porém, requer regime mais escolhido. Deixai-a comer o mesmo alimento que o vosso organismo é capaz de converter em bom sangue, e o organismo dela não o poderá fazer. Falta-lhe vitalidade, e precisa de um regime generoso, fortificante. Deve ela ter bom suprimento de frutas, não se limitando aos mesmos pratos, dia a dia. Sua saúde é delicada. É doentia, e as necessidades de seu organismo são muito diversas das de uma pessoa sadia. -- Testimonies for the Church 2:254 (1869). Não ser causa de um tempo de tribulação CRA 201 2 323. Vi que tínheis noções erradas acerca de afligir o corpo, privando-vos de alimento nutritivo. Isto leva alguns da igreja a pensar que Deus certamente está convosco, ou do contrário não vos negaríeis, assim vos sacrificando. Vi, porém, que nenhuma dessas coisas vos farão mais santo. Os gentios fazem tudo isso, mas nem por isso recebem recompensa. Um espírito quebrantado e contrito perante Deus é a Sua vista de grande preço. Vi que vossas opiniões acerca dessas coisas são errôneas, e que estais olhando à igreja e observando os membros, notando coisas pequeninas, quando vossa atenção deveria voltar-se para o interesse de vossa própria alma. Deus não colocou sobre vós o encargo de Seu rebanho. Pensais que a igreja está atrasada, porque não vê as coisas como vós as vedes, e porque não segue o mesmo procedimento rígido que pensais ser-vos exigido seguir. Vi que estais enganado acerca de vosso próprio dever e do dever dos outros. Alguns têm ido a extremos acerca do regime alimentar. Adotaram um procedimento rígido, vivendo de modo tão simples que sua saúde veio a sofrer, fortaleceu-se-lhes a doença no organismo, e o templo de Deus se enfraqueceu. ... CRA 202 1 Vi que Deus não exige que ninguém siga um procedimento de tão rígida economia que enfraqueça ou cause dano ao templo de Deus. Há em Sua Palavra deveres e ordenanças para humilhar a igreja e levar os membros a afligirem sua alma, e não há necessidade de forjar cruzes e inventar deveres para afligir o corpo a fim de promover a humildade. Tudo isto está fora da Palavra de Deus. CRA 202 2 Está justamente ante nós o tempo de angústia; e então a severa necessidade obrigará o povo de Deus a negar-se a si mesmo e a comer apenas o bastante para conservar a vida; Deus, porém, nos preparará para aquele tempo. Naquela hora terrível nossa necessidade será a oportunidade de Deus para comunicar Seu poder fortalecedor e suster o Seu povo. ... CRA 202 3 Os que trabalham com suas mãos têm de nutrir suas forças para executarem este trabalho, e também os que trabalham na palavra e na doutrina têm de alimentar as forças; pois Satanás e seus anjos maus estão guerreando contra eles, para lhes destruir as forças. Devem, sempre que possam, buscar repousar o corpo e o espírito do trabalho esgotante, e devem comer alimento nutritivo e fortificante, a fim de revigorar as forças; pois serão obrigados a pôr em ação todas as forças que possuem. Vi que não glorifica a Deus, absolutamente, que qualquer de Seus filhos forje para si mesmo um tempo de angústia. Há um tempo de angústia exatamente perante o povo de Deus, e Ele os preparará para aquele tremendo conflito. -- Testimonies for the Church 1:205, 206 (1859). Quando a reforma de saúde se torna a deformação da saúde CRA 202 4 324. Tenho algo que dizer com referência a pontos de vista extremos acerca da reforma de saúde. A reforma de saúde torna-se a deformação da saúde, destruidora da saúde, quando levada a extremos. Não tereis êxito nos sanatórios, onde os doentes são tratados, se lhes prescreverdes o mesmo regime que prescrevestes para vós e vossa esposa. Asseguro-vos que não são recomendáveis vossas idéias acerca do regime para os doentes. A mudança é demasiado grande. Conquanto eu rejeite os alimentos cárneos como nocivos, pode-se usar alguma coisa menos objetável, e isto se encontra nos ovos. Não retireis da mesa o leite, nem proibais seu uso no cozimento de alimentos. O leite que se usa deve ser conseguido de vacas sadias, e ser esterilizado. CRA 203 1 Os que assumem um ponto de vista extremo quanto à reforma de saúde correm o risco de preparar pratos insípidos. Isto se tem feito repetidamente. O alimento ficou tão insípido que era recusado pelo estômago. O alimento dado aos doentes deve ser variado. Não lhes devem ser dados os mesmos pratos vez após vez. ... CRA 203 2 Tenho-vos dito estas coisas porque fui instruída de que estais prejudicando vosso corpo mediante um regime de miséria. Devo dizer-vos que não convirá instruirdes os estudantes como tendes feito, acerca da questão do regime, porque vossas idéias acerca de descartar certas coisas não serão para benefício dos que carecem de auxílio. CRA 203 3 Irmão e irmã _____, tenho toda confiança em vós, e desejo grandemente que tenhais saúde física, a fim de que possais ser perfeitamente sadios espiritualmente. É a falta de alimento conveniente que vos tem feito sofrer tanto. Não tendes tomado o alimento necessário para nutrir vossas débeis forças físicas. Não deveis negar-vos o alimento bom e saudável. CRA 203 4 Certa vez o doutor _____ procurou ensinar nossa família a cozinhar de acordo com a reforma de saúde, conforme ele a entendia, sem sal nem qualquer outra coisa para temperar o alimento. Bem, resolvi experimentá-lo, mas fiquei com as forças tão reduzidas que tive de fazer uma mudança; e iniciei uma prática diferente, com grande êxito. Digo-vos isto porque sei que estais em positivo perigo. O alimento deve ser preparado de modo que seja nutritivo. Não deve ser roubado daquilo que o organismo precisa. CRA 203 5 O Senhor convida o irmão e a irmã _____ a reformarem-se, a observar períodos de repouso. Não é direito que assumais encargos como o tendes feito no passado. A menos que leveis isto a sério, sacrificareis a vida que é tão preciosa à vista do Senhor. "Não sabeis que ... não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus."... CRA 204 1 Não vades a extremos com respeito à reforma de saúde. Alguns dentre nosso povo são muito descuidosos na questão dessa reforma. Mas, por estarem muito atrasados, não deveis vós, para lhes serdes um exemplo, ser extremistas. Não vos deveis privar da espécie de alimento que forma bom sangue. Vossa dedicação aos princípios verdadeiros está-vos levando a vos submeter a um regime alimentar que vos proporciona uma experiência que não recomenda a reforma de saúde. Este é vosso perigo. Quando virdes que vos estais tornando fracos fisicamente, é-vos necessário fazer mudanças, e desde logo. Ponde em vosso regime algo do que dele excluístes. É vosso dever fazer isso. Obtende ovos, de galinhas sadias. Usai esses ovos cozidos ou crus. Ponde-os crus no melhor vinho sem fermento que possais obter. Isto vos suprirá ao organismo o que lhe é necessário. Nem por um instante penseis que não seja direito fazer isso. ... CRA 204 2 Apreciamos vossa experiência como médico, e todavia digo que leite e ovos devem ser incluídos em vosso regime. Estes artigos não podem presentemente ser dispensados, e não deve ser ensinada a doutrina de dispensá-los. CRA 204 3 Estais em perigo de assumir um ponto de vista demasiado radical acerca da reforma de saúde, e de prescrever para vós mesmos um regime que não vos sustentará. ... CRA 204 4 Tenho esperança de que levareis a sério as palavras que vos tenho dirigido. Foi-me apresentado que não podereis exercer influência de maior êxito na reforma de saúde a menos que em algumas coisas vos torneis mais liberais para com vós mesmos e com outros. Virá o tempo em que o leite não possa mais ser usado tão livremente como o é agora; mas o momento presente não é tempo para descartá-lo. E os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais para combater venenos. E conquanto tenham sido dadas advertências contra o uso desses artigos em famílias onde as crianças eram viciadas, e muito viciadas no hábito da masturbação, contudo não devemos considerar negação do princípio usar ovos de galinhas bem cuidadas e alimentadas devidamente. ... CRA 205 1 Deus concita aqueles pelos quais Cristo morreu a tomarem o devido cuidado consigo mesmos e darem aos outros um exemplo correto. Meu irmão, não deveis fazer da questão do regime uma prova para o povo de Deus; pois perderão a confiança em ensinos que são levados ao extremo. Deseja o Senhor que Seu povo seja íntegro em todos os pontos da reforma de saúde, mas não devemos ir a extremos. ... CRA 205 2 A razão da saúde deficiente do doutor _____ é o sacar demais sobre o seu depósito no banco da saúde, e então deixar de repor a importância sacada, mediante alimento saudável, nutritivo e de bom paladar. Meu irmão, dedicai vossa vida toda Àquele que por amor de vós foi crucificado, mas não vos cinjais a um regime escasso, pois assim representais erradamente a reforma de saúde. CRA 205 3 Conquanto trabalhemos contra a glutonaria e a intemperança, devemos todavia lembrar os meios e as aplicações da verdade evangélica, que se recomendam ao são juízo. Para realizarmos nosso trabalho em linhas retas e simples, temos de reconhecer as condições às quais a família humana está sujeita. Deus tomou providências para os que vivem nos diferentes países do mundo. Os que desejam ser coobreiros de Deus devem considerar cuidadosamente a maneira em que ensinam a reforma de saúde na grande vinha de Deus. Devem agir cuidadosamente ao especificarem justamente quais os alimentos que devem ser usados, e quais os que o não devem. O mensageiro humano deve unir-se ao divino Auxiliador ao apresentar a mensagem de misericórdia às multidões que Deus deseja salvar. CRA 205 4 Havemos de ser levados a relacionar-nos com as massas. Se a reforma de saúde lhes for ensinada em sua modalidade mais extrema, resultará dano. Pedimos-lhes que abandonem o uso da carne, e do chá e café. Isto está bem. Alguns, porém, dizem que o leite também deve ser abandonado. Este é um assunto que deve ser tratado com cuidado. Há famílias pobres, cujo regime consiste de pão e leite e, caso consigam obter, um pouco de fruta. Todo alimento cárneo deve ser abandonado, mas as verduras devem-se tornar saborosas com um pouco de leite ou nata, ou algo equivalente. Dizem os pobres, quando lhes é apresentada a reforma de saúde: "Que havemos de comer? Não podemos comprar nozes." Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que comam o alimento mais nutritivo. Não lhes posso dizer: Não deveis comer ovos, nem leite, nem nata; não deveis usar manteiga no preparo do alimento. O evangelho tem de ser pregado aos pobres, e não chegou ainda o tempo de prescrever o regime mais estrito. CRA 206 1 Virá o tempo em que talvez tenhamos que abandonar alguns dos artigos de alimentação que usamos agora, tais como leite, nata e ovos; mas minha mensagem é que não deveis introduzir-vos a um tempo de angústia antecipadamente, afligindo-vos assim com a morte. Esperai até que o Senhor prepare o caminho perante vós. CRA 206 2 As reformas levadas ao extremo talvez se acomodem a certa classe, capazes de obter tudo de que precisam para tomar o lugar dos artigos descartados; essa classe, porém, constitui muito pequena minoria do povo ao qual esses testes parecem desnecessários. Há os que procuram abster-se daquilo que é declarado ser prejudicial. Deixam de suprir ao organismo a nutrição apropriada, e em conseqüência tornam-se fracos e incapazes de trabalhar. Assim é difamada a reforma de saúde. A obra que temos procurado erguer solidamente confunde-se com coisas estranhas, que Deus não ordenou. São estropiadas as energias da igreja. CRA 206 3 Deus, porém, interferirá para evitar os resultados dessas idéias por demais dilatadas. O evangelho destina-se a pôr em harmonia a raça pecadora. Destina-se a levar ricos e pobres, juntamente, para aos pés de Jesus. ... CRA 206 4 Mas desejo dizer que, quando chegar o tempo em que não mais seja seguro usar leite, nata, manteiga e ovos, Deus o revelará. Não devem ser defendidos nenhuns extremos na reforma de saúde. A questão de usar leite, manteiga e ovos resolverá o seu próprio problema. Ao presente não nos preocupamos com isso. Seja conhecida de todos os homens a vossa moderação. -- Carta 37, 1904. CRA 206 5 325. Na noite passada sonhei que estava conversando com o doutor _____. Disse-lhe: Deveis ainda ter cuidado com respeito aos extremos no regime alimentar. Não deveis ir a extremos, quer em vosso próprio caso, quer a respeito do alimento provido aos auxiliares e pacientes do sanatório. Os pacientes pagam bom preço para a pensão, e devem ter alimentação abundante. Alguns talvez cheguem ao sanatório em estado que exija severa negação do apetite e ministração do alimento mais simples, mas à medida que sua saúde melhore, deve-se-lhes suprir liberalmente alimento nutritivo. -- Carta 37, 1904. O alimento deve ser feito apetitoso CRA 207 1 326. Os reformadores da saúde, mais que todos os outros, devem ser cuidadosos para evitar extremos. O corpo precisa de nutrição suficiente. Não podemos subsistir de ar simplesmente; tampouco podemos conservar a saúde a menos que tenhamos alimento nutritivo. Deve o alimento ser preparado de boa maneira, de forma que seja saboroso. -- Testimonies for the Church 2:538 (1867). CRA 207 2 327. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta o opróbrio da causa da reforma de saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo. CRA 207 3 Alguns de nosso povo, posto que se abstenham conscienciosamente de alimentos impróprios, deixam, todavia, de suprir-se dos elementos necessários ao sustento do corpo. Nutrindo idéias exageradas a respeito da reforma de saúde, correm o risco de preparar pratos tão insípidos que não satisfazem. Cumpre preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não se deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal, em vez de produzir efeito deletério, é realmente essencial para o sangue. Os vegetais devem tornar-se saborosos com um pouco de leite, nata, ou algo equivalente. CRA 207 4 Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso de manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. CRA 207 5 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Destarte a reforma de saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado erigir solidamente, confunde-se com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja se paralisam. Mas Deus intervirá para evitar os resultados de idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus. CRA 208 1 Tempo virá em que talvez tenhamos que deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidades para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperai até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare caminho para isso. CRA 208 2 Os que almejam êxito na proclamação dos princípios da reforma de saúde, deverão fazer da Palavra de Deus seu guia e conselheiro. Somente quando assim procederem é que os mestres dos princípios dessa reforma poderão permanecer em terreno vantajoso. Evitemos dar testemunho contra ela, deixando de usar alimentos nutritivos e saborosos em lugar dos artigos prejudiciais do regime que abandonamos. De forma alguma satisfaçais o vosso apetite quando este requer estimulantes. Tomai somente alimentos simples, nutritivos e agradecei a Deus constantemente os princípios da reforma de saúde. Em todas as coisas sede verdadeiros e retos, e ganhareis vitórias preciosas. -- Testimonies for the Church 9:161-163 (1909); Testemunhos Selectos 3:361-363. Influência danosa de extremistas CRA 208 3 328. E ao passo que vos desejaríamos advertir a não comer em excesso, mesmo da melhor qualidade de comida, quereríamos também advertir aos que são extremistas a não erguerem uma falsa norma, e depois esforçarem-se por levar toda a gente a segui-la. -- Testimonies for the Church 2:374, 375 (1870); Testemunhos Selectos 1:192. CRA 208 4 329. Foi-me mostrado que tanto B como C desonraram a causa de Deus. Impuseram-lhe uma nódoa que jamais será apagada completamente. Foi-me mostrada a família de nosso prezado irmão D. Se este irmão tivesse recebido auxílio apropriado no tempo devido, todos os membros de sua família estariam vivos hoje. É de admirar que as leis do país não tenham sido postas em vigor neste caso de maus tratos. Aquela família estava a perecer por falta de alimento -- o mais simples e comum alimento. Pereciam de fome numa terra de abundância. Eram cobaias de um noviço. O jovem não morreu da doença, mas de fome. O alimento ter-lhe-ia fortalecido o organismo, mantendo em movimento a máquina. ... CRA 209 1 E tempo de que alguma coisa se faça para impedir que novatos ocupem o campo e defendam a reforma de saúde. Podem poupar suas obras e palavras, pois causam maior dano do que pudessem depois desfazer os homens mais sábios e inteligentes, com a melhor influência que possam exercer. É impossível, para os mais hábeis defensores da reforma de saúde, livrar completamente o espírito público dos preconceitos adquiridos graças ao procedimento errado desses extremistas, e colocar o grande tema da reforma de saúde sobre base certa, na comunidade onde se achavam esses homens. A porta também se acha fechada em grande medida, de modo que os descrentes não podem ser alcançados pela verdade presente em relação ao sábado e à breve volta de nosso Salvador. As mais preciosas verdades são pelo povo postas à margem, como não merecendo ser ouvidas. Esses homens são conhecidos como representantes dos reformadores de saúde e observadores do sábado em geral. Grande responsabilidade repousa sobre os que assim se demonstraram ser uma pedra de tropeço aos descrentes. -- Testimonies for the Church 2:384-387 (1870). Impondo opiniões e testes pessoais CRA 209 2 330. É chegado o tempo em que a reforma de saúde terá reconhecida sua importância por muitos, de posição elevada e de baixa posição. Não devemos, porém, permitir que coisa alguma eclipse a mensagem que temos a proclamar -- a mensagem do terceiro anjo, ligada às mensagens do primeiro e segundo anjos. Não devemos permitir que coisas sem importância nos prendam num círculo pequenino, de onde não possamos alcançar acesso ao povo em geral. CRA 209 3 A igreja e o mundo carecem de toda a influência, todos os talentos que Deus nos concedeu. Tudo que temos deve ser aplicado ao Seu uso. Ao apresentar o evangelho, excluí todas as vossas opiniões particulares. Temos uma mensagem mundial, e o Senhor quer que os Seus servos mantenham como sagrado o depósito que lhes confiou. A todo homem deu Deus a sua obra. Não seja, pois, apresentada nenhuma mensagem falsa. Que não se desvie para problemas incoerentes a grande luz da reforma de saúde. As incoerências de um só, pesam sobre todo o corpo de crentes; portanto, quando um adota extremos, grande dano é acarretado à causa de Deus. CRA 210 1 O levar alguma coisa a extremos é questão que deve ser temida. Resulta sempre em ser eu compelida a falar para impedir que o assunto seja mal compreendido, para que o mundo não tenha motivo de julgar que os adventistas do sétimo dia sejam uma corporação de extremistas. Quando procuramos arrebatar pessoas da fogueira por um lado, as mesmas palavras que então têm que ser proferidas para corrigir males, são usadas para justificar a condescendência, por outro lado. Queira o Senhor guardar-nos de testes e extremos humanos. CRA 210 2 Que ninguém avance pontos de vista extremos acerca do que devemos comer e do que devemos beber. O Senhor proporcionou luz. Aceite nosso povo essa luz e ande nela. Precisa haver grande aumento do conhecimento de Deus e de Jesus Cristo. Este conhecimento é vida eterna. O aumento da piedade, da boa, humilde religião espiritual, colocaria nosso povo em posição na qual pudesse aprender do grande Mestre. CRA 210 3 Chegará talvez o tempo em que não seja seguro usar leite. Mas se as vacas são sadias e o leite cabalmente fervido, não há necessidade de criar um tempo de angústia antecipadamente. Não julgue ninguém que deva apresentar uma mensagem pormenorizada quanto aos artigos que nosso povo deva pôr à mesa. Os que assumem atitude extrema verão afinal que os resultados não são o que julgavam fossem. O Senhor nos guiará por Sua própria mão direita, se a isso estivermos dispostos. Amor e pureza -- eis os frutos produzidos pela árvore boa. Todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. CRA 210 4 Fui instruída a dizer aos da Associação de _____, que foram tão esforçados no assunto da reforma de saúde, impondo a outros suas idéias e pontos de vista, que Deus não lhes dera a mensagem que pregavam. Disse-lhes eu que, se abrandassem e sujeitassem suas tendências herdadas e cultivadas, nas quais figura grande porção de obstinação, veriam então que precisavam converter-se. "Se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade. ... Deus é caridade; e quem está em caridade está em Deus, e Deus nele."... CRA 211 1 Deve a sabedoria humana ser combinada com a divina sabedoria e misericórdia de Deus. Escondamos em Cristo o nosso eu. Trabalhemos diligentemente para alcançar a alta norma que Deus nos estabeleceu -- a transformação moral pelo evangelho. Deus nos concita a avançarmos em rumos certos, fazendo retas veredas para nossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente. Então Cristo ficará satisfeito. -- Carta 39, 1901. Erros por parte do povo são preferíveis ao extremo oposto CRA 211 2 331. O irmão e a irmã _____ levaram ao extremo a questão da condescendência no comer, e o instituto ficou desmoralizado. Agora o inimigo desejaria, se pudesse, levar-nos ao extremo oposto, isto é, a adotar um regime de miséria. Sede cuidadosos em manter o cérebro equilibrado, e idéias ajuizadas. Buscai sabedoria do Céu e agi inteligentemente. Se assumis atitudes extremamente radicais, sereis forçados a voltar atrás, e então, por muito conscienciosos que tenhais sido, tereis perdido a confiança em vosso são juízo, e nossos irmãos e os descrentes perderão a confiança em vós. Cuidai para não irdes mais depressa do que recebais de Deus luz positiva. Não aceiteis idéias de homem algum, mas agi inteligentemente, no temor do Senhor. CRA 211 3 Se errais, não seja então em vos distanciardes o máximo possível do povo, pois então cortareis a linha de vossa influência e nenhum bem lhes podereis fazer. Preferível errar do lado do povo, a distanciar-vos completamente dele, pois nesse caso há esperança de poderdes levar convosco o povo, mas não há necessidade de errar pelo outro lado. CRA 211 4 Não precisais entrar na água, nem no fogo, mas tomai o caminho mediano, evitando todos os extremos. Não deis a impressão de serdes gerentes unilaterais, tendenciosos. Não useis regime alimentar escasso, insuficiente. Não permitais que ninguém vos influencie a usar um regime de miséria. Fazei preparar vosso alimento de modo saudável e saboroso; fazei-o preparar com um primor que represente corretamente a reforma de saúde. CRA 212 1 A grande apostasia na questão da reforma de saúde tem por motivo o ter sido ela manejada por mentes imprudentes, e levada a tais extremos que tem aborrecido as pessoas, em vez de convertê-las à adoção da reforma. Tenho estado em lugares onde essas idéias radicais foram executadas. Verduras preparadas com água apenas, e tudo o mais de maneira semelhante. Esta espécie de cozinha é a deformação da saúde, e existem espíritos constituídos de modo que aceitem tudo que tenha aparência de regime rigoroso ou reforma de qualquer espécie. CRA 212 2 Meus irmãos, quero-vos temperantes em todas as coisas, mas cuidai para não irdes a extremos ou dirigirdes nossa instituição por um trilho tão estreito que acabe saltando fora dele. Não deveis apoiar as noções de toda pessoa, mas ser bem equilibrados, calmos, confiantes em Deus. -- Carta 57, 1886. Ambos os extremos devem ser evitados CRA 212 3 332. Bem sei que muitos de nossos irmãos, de coração e na prática, são contrários à reforma de saúde. Não advogo extremos. Mas ao rever meus manuscritos, vi os decididos testemunhos apresentados e as advertências de perigos que vêm ao nosso povo por imitarem os costumes e práticas do mundo na condescendência consigo mesmos, na satisfação do apetite e no orgulho do vestuário. Meu coração dói e se entristece por causa do estado de coisas existente. Há os que dizem que alguns dos nossos irmãos têm acentuado demais essas questões. Mas porventura, pelo motivo de alguns talvez terem agido indiscretamente, acentuando em todas as ocasiões seus sentimentos acerca da reforma de saúde, ousará alguém deter a verdade sobre esse assunto? O povo do mundo em geral está no distante extremo oposto, da condescendência e intemperança no comer e beber; e em conseqüência abundam as práticas concupiscentes. CRA 212 4 Acham-se agora sob a sombra da morte muitos que se prepararam para fazer uma obra pelo Mestre, mas que não julgaram ter repousado sobre eles a sagrada obrigação de observar as leis da saúde. As leis do organismo físico são realmente leis de Deus; este fato, porém, parece ter sido esquecido. Alguns se têm limitado a um regime que os não pode manter com saúde. Não proveram alimento nutritivo em substituição aos artigos prejudiciais; e não consideraram que é preciso exercer tato e perícia para preparar o alimento da maneira mais saudável. O organismo tem de ser nutrido adequadamente a fim de executar sua obra. É contrário à reforma de saúde, depois de descartar a grande variedade de alimentos insalubres, ir ao extremo oposto, reduzindo a quantidade e a qualidade do alimento a um padrão baixo. Em vez de reforma de saúde, é isto deformação da saúde. -- Testimonies for the Church 6:373, 374 (1900). ------------------------Capítulo 12 -- O regime durante a gravidez Influências pré-natais CRA 217 1 333. O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância: o Céu, porém, não o considera assim. A mensagem enviada por um anjo de Deus, e duas vezes dada da maneira mais solene, mostra que isto merece nossa mais atenta consideração. CRA 217 2 Nas palavras dirigidas à mãe hebréia, Deus fala a todas as mães de todas as épocas. "De tudo quanto Eu disse à mulher, se guardará ela." A felicidade da criança será afetada pelos hábitos da mãe. Seus apetites e paixões devem ser regidos por princípios. Existem coisas que lhe convém evitar, coisas a combater, se quer cumprir o desígnio de Deus a seu respeito ao dar-lhe um filho. Se antes do nascimento de seu filho, ela é condescendente consigo mesma, egoísta, impaciente e exigente, esses traços se refletirão na disposição da criança. Assim têm muitas crianças recebido como herança, quase invencíveis tendências para o mal. CRA 217 3 Mas se a mãe se atém sem reservas aos retos princípios, se é temperante e abnegada, bondosa, amável e esquecida de si mesma, ela pode transmitir ao filho os mesmos traços de caráter. Muito explícita foi a ordem que proibia o uso de vinho pela mãe. Cada gota de bebida forte por ela ingerida para satisfazer seu apetite, põe em perigo a saúde física, mental e moral do filho, sendo um pecado direto contra seu Criador. CRA 217 4 Muitos aconselham insistentemente que todo desejo da mãe seja satisfeito; assim, se ela deseja qualquer artigo de alimentação, mesmo nocivo, devia satisfazer plenamente o apetite. Tal método é falso e pernicioso. As necessidades físicas da mãe não devem de modo algum ser negligenciadas. Dela dependem duas vidas, e seus desejos devem ser bondosamente considerados, supridas generosamente suas necessidades. Mas neste tempo, mais que em qualquer outro, tanto no regime alimentar como em tudo mais, deve evitar qualquer coisa que possa enfraquecer-lhe o vigor físico ou mental. Pelo próprio mandamento de Deus, ela se encontra na mais solene obrigação de exercer domínio próprio sobre si mesma. -- A Ciência do Bom Viver, 372, 373 (1905). CRA 218 1 334. Quando o Senhor quis suscitar Sansão para libertador do Seu povo, Ele prescreveu à mãe hábitos corretos de vida antes do nascimento de seu filho. E a mesma proibição devia ser imposta, desde o princípio, ao menino; pois devia ser consagrado a Deus como nazireu, desde o nascimento. CRA 218 2 O anjo do Senhor apareceu à esposa de Manoá, informando-a de que teria um filho; e em vista disso deu-lhe as importantes orientações: "Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda." CRA 218 3 Tinha Deus uma obra importante para o prometido filho de Manoá realizar, e foi para garantir-lhe as habilitações necessárias para essa obra, que os hábitos tanto da mãe como do filho deviam ser tão cuidadosamente regulados. "Nem vinho nem bebida forte beberá", foi a instrução do anjo para a esposa de Manoá, "nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará." Pelos hábitos da mãe o filho será afetado, para o bem ou para o mal. Deve ela mesma ser controlada pelo princípio, e praticar a temperança e renúncia, se quiser buscar o bem-estar do filho. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37, 38 (1890). "Guarde-se a mulher" CRA 218 4 335. As palavras dirigidas à esposa de Manoá encerram uma verdade que as mães de hoje fariam bem em estudar. Falando àquela mãe, falou o Senhor a todas as mães ansiosas e tristes daquele tempo, e a todas as mães das gerações sucessivas. Sim, toda mãe pode compreender seu dever. Pode ela saber que o caráter de seus filhos dependerá muito mais dos hábitos dela antes de nascerem, e dos seus esforços pessoais após seu nascimento, do que de vantagens ou desvantagens externas. CRA 219 1 "Guarde-se a mulher", disse o anjo. Esteja ela preparada para resistir à tentação. Seus apetites e paixões devem ser controlados pelo princípio. De toda mãe se pode dizer: "Guarde-se a mulher." Há algo que ela deve evitar, algo contra que deve lutar, se quiser cumprir o propósito de Deus para ela, ao dar-lhe um filho. ... CRA 219 2 A mãe que é hábil professora de seus filhos deve, antes de seu nascimento, formar hábitos de abnegação e domínio próprio; pois transmite-lhes suas próprias qualidades, seus próprios traços de caráter, fortes ou fracos. O inimigo das almas compreende esta questão muito melhor do que o fazem muitos pais. Trará ele tentações à mãe, sabendo que, se não resistir a ele, pode por meio dela afetar seu filho. A única esperança da mãe está em Deus. A Ele pode ela recorrer, em busca de graça e força. Não O buscará em vão. Habilitá-la-á a transmitir a sua prole qualidades que os ajudarão a alcançar êxito nesta vida e a ganhar a vida eterna. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902. O apetite não deve tomar as rédeas CRA 219 3 336. É erro generalizado não fazer diferença na vida de uma mulher antes do nascimento de seus filhos. Neste importante período o trabalho da mãe deve ser aliviado. Grandes mudanças se estão efetuando em seu organismo. Este requer maior quantidade de sangue, e portanto mais alimento da qualidade mais nutriente, para se transformar em sangue. A menos que tenha suprimento abundante de alimento nutriente, não poderá reter sua força física, e sua prole é privada de vitalidade. Sua roupa também precisa de atenção. Deve ter cuidado em proteger o corpo da sensação de frio. Não deve desnecessariamente chamar a vitalidade para a superfície, a fim de suprir a falta de suficiente roupa. Se a mãe se priva de abundância de alimento saudável e nutritivo, sofrerá falta de sangue, na qualidade e na quantidade. Sua circulação será deficiente e ao filho faltarão os mesmos elementos. Os filhos serão incapazes de assimilar alimento que se possa converter em bom sangue, para nutrir o organismo. O bem-estar da mãe e do filho depende muito de roupa boa e quente, assim como de bastante alimento nutritivo. O saque extra sobre a vitalidade da mãe deve ser considerado e atendido. CRA 220 1 Mas, por outro lado, a idéia de que a mulher, por causa de seu estado especial, possa deixar o apetite de rédeas soltas, é um erro baseado no costume, mas não no são raciocínio. O apetite da mulher nesse estado pode ser instável, caprichoso, e difícil de ser satisfeito; e o costume permite-lhe qualquer coisa que ela imagine, sem consultar a razão quanto a poder tal alimento suprir-lhe nutrição ao corpo e ao crescimento de seu filho. O alimento deve ser nutriente, mas não de qualidade excitante. Diz o costume que se ela deseja alimentos cárneos, picles, pratos condimentados ou pastéis de carne, que os coma; o apetite, tão-somente, é que deve ser consultado. É este um grande erro, e causa muito dano. Este dano não pode ser calculado. Se há ocasião em que seja necessária a simplicidade no regime alimentar, e cuidado especial quanto à qualidade do alimento tomado, é isso durante esse período importante. CRA 220 2 As mulheres dirigidas por princípio, e bem instruídas, não se desviarão da simplicidade do regime alimentar, nesse tempo sobretudo. Considerarão que há outra vida que delas depende, e serão cuidadosas em todos os seus hábitos, e especialmente no regime alimentar. Não devem comer o que não nutra e seja excitante, simplesmente por ter bom gosto. Há demasiados conselheiros, prontos a persuadi-las a fazerem coisas que a razão lhes diz que não devem fazer. CRA 220 3 Nascem crianças doentias por causa da satisfação do apetite por parte dos pais. O organismo não requeria a variedade de alimentos nos quais demoravam o pensamento. Pensar que, por estarem no pensamento devam também estar no estômago, é um grande erro que as mulheres cristãs devem rejeitar. Não deve ser permitido à imaginação controlar as necessidades do organismo. Os que permitem que o paladar os domine, sofrerão a pena da transgressão das leis de seu ser. E a questão não termina aí; sofrerá também sua inocente prole. CRA 220 4 Os órgãos preparadores de sangue não podem converter em bom sangue os condimentos, pastéis de carne, picles e pratos de carne doentia. E se se introduzir no estômago tanto alimento que os órgãos digestivos sejam obrigados a sobrecarregar-se de trabalho a fim de dispor dele, e livrar o organismo de substâncias irritantes, a mãe faz injustiça a si mesma e põe na prole as bases da doença. Se prefere comer conforme lhe agrade, e aquilo que imagina, independente das conseqüências, ela sofrerá a penalidade, mas não sozinha. Seu filho inocente sofrerá por motivo de sua indiscrição. -- Testimonies for the Church 2:381-383 (1870). Efeitos do excesso de trabalho e de um regime insuficiente CRA 221 1 337. Em muitos casos a mãe, antes do nascimento de seus filhos, é deixada a labutar diuturnamente, excitando o sangue. ... Suas forças deviam ter sido cuidadas ternamente. ... Raramente são diminuídos seus encargos, e esse período que, mais que todos os outros, lhe deveria ser um tempo de repouso, é-o de fadiga, tristeza e acabrunhamento. Por demasiado esforço de sua parte, priva ela seu bebê da nutrição que a natureza lhe proveu, e excitando o seu próprio sangue, comunica ao filho má qualidade do mesmo. O bebê é privado de sua vitalidade, privado de forças físicas e mentais. -- Healthful Living, cap. 2, 33, 34 (1865). CRA 221 2 338. Foi-me mostrado o procedimento de B em sua própria família. Tem ele sido severo e exigente. Adotou a reforma de saúde advogada pelo irmão C e, como ele, abraçou pontos de vista extremos sobre o assunto; e não possuindo mente bem equilibrada, cometeu terríveis desatinos, cujos resultados o tempo não apagará. Auxiliado por trechos extraídos de livros, começou a pôr em prática a teoria que ouvira defendida pelo irmão C e, como ele, fez questão de levar todos a adotarem a norma que ele erigira. Submeteu a família a suas regras rígidas, mas deixou de controlar suas próprias propensões animalescas. Deixou de colocar-se à altura do alvo, subjugando seu corpo. Se tivesse tido conhecimento correto do sistema da reforma de saúde, teria sabido que a esposa não estava em condições de dar à luz crianças sadias. Suas próprias paixões não subjugadas tinham dominado, sem raciocinar da causa para o efeito. CRA 221 3 Antes do nascimento de seus filhos, não tratava ele a esposa como deve ser tratada uma mulher em suas condições. ... Não proveu a qualidade e quantidade de alimento necessário para nutrir duas vidas em vez de uma. Outra vida dela dependia, e seu organismo não recebia o alimento saudável e nutritivo para lhe suster as forças. Havia falta na quantidade e na qualidade. Seu organismo requeria mudanças, alimento de variedade e qualidade mais nutritivas. Os filhos nasciam-lhe com aparelho digestivo débil e sangue pobre. Do alimento que a mãe era forçada a receber, não podia ela prover boa qualidade de sangue, e portanto deu à luz filhos escrofulosos. -- Testimonies for the Church 2:378, 379 (1870). ------------------------Capítulo 13 -- A dieta infantil Conselho baseado em instruções divinas CRA 225 1 339. A indagação de pais e mães deve ser: "Que faremos com o filho que nos vai nascer?" Temos apresentado ao leitor o que Deus disse acerca do procedimento da mãe antes do nascimento de seus filhos. Isto, porém, não é tudo. O anjo Gabriel foi enviado das cortes celestes para dar instruções quanto ao cuidado dos filhos ao nascerem, a fim de que os pais compreendessem plenamente seu dever. CRA 225 2 Cerca do tempo do primeiro advento de Cristo o anjo Gabriel veio ter com Zacarias, com uma mensagem semelhante à que fora dada a Manoá. Foi dito ao idoso sacerdote que sua esposa teria um filho, cujo nome seria João. "E", disse o anjo, "terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento. Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo." Esse filho da promessa devia ser criado segundo hábitos estritamente temperantes. Uma importante obra de reforma ser-lhe-ia confiada: preparar o caminho para Cristo. CRA 225 3 Intemperança em todas as formas campeava entre o povo. A condescendência com o vinho e comidas requintadas estava diminuindo a força física e degradando a moral em tão grande extensão que os crimes mais revoltantes não se afiguravam pecaminosos. A voz de João devia ressoar do deserto em severa repreensão às pecaminosas condescendências do povo, e seus próprios hábitos abstêmios deviam também ser uma reprovação dos excessos de seu tempo. O verdadeiro princípio da reforma CRA 225 4 Os esforços de nossos obreiros do departamento de temperança não são suficientemente amplos para banir de nossa terra a maldição da intemperança. Os hábitos uma vez formados são difíceis de ser vencidos. Deve a reforma começar com a mãe antes do nascimento dos filhos; e se fossem fielmente obedecidas as instruções de Deus, não existiria a intemperança. CRA 226 1 Deve ser o constante esforço de toda mãe conformar seus hábitos com a vontade de Deus, para que possa trabalhar em harmonia com Ele, a fim de preservar seus filhos dos vícios do presente dia, destruidores da saúde e da vida. Coloquem-se as mães, sem demora, na devida relação com seu Criador, a fim de que possam, assistidas por Sua graça, erguer em volta dos filhos uma barreira contra a dissipação e a intemperança. Se as mães tão-somente seguissem esse procedimento, poderiam ver seus filhos, como o jovem Daniel, alcançar elevada norma em consecuções morais e intelectuais, tornando-se uma bênção à sociedade e uma honra ao seu Criador. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. O nenê CRA 226 2 340. O melhor alimento para o nenê é o que lhe foi provido pela Natureza. Não deve, sem necessidade, ser dele privado. É falta de coração eximir-se a mãe, por amor da comodidade ou de diversões sociais, da delicada tarefa de amamentar o filhinho. CRA 226 3 A mãe que consente que seu filho seja amamentado por outra, deve considerar bem os resultados que isso pode trazer. Em maior ou menor grau a ama comunica seu próprio temperamento à criança que amamenta. -- A Ciência do Bom Viver, 383 (1905). CRA 226 4 341. Para manter-se a par com a moda, tem-se abusado da natureza, em vez de consultá-la. As mães às vezes dependem de uma serva, ou o seio materno tem de ser substituído pela mamadeira. E um dos mais delicados e gratos deveres que uma mãe pode cumprir em favor de seu dependente bebê, dever que lhe une a vida com a dos seus, e que desperta no coração das mulheres os mais santos sentimentos, é sacrificado às assassinas doidices da moda. CRA 226 5 Mães existem que sacrificam seus deveres maternais de amamentar os filhos simplesmente porque é muito incômodo restringir-se a eles, que são o fruto de suas próprias entranhas. O salão de baile e as excitantes cenas de prazeres exerceram sua influência no sentido de embotar as finas sensibilidades da alma; foram mais atraentes para a mãe amante da moda, do que os deveres maternos para com os filhos. Talvez ela entregue os filhos aos cuidados de uma serva, para que esta cumpra para com eles os deveres que a ela deveriam caber exclusivamente. Seus hábitos errôneos tornam-lhe desagradáveis os deveres necessários, que deveria ter alegria em cumprir, pois o cuidado dos filhos interfere com os reclamos da vida elegante. Uma estranha executa os deveres da mãe, dando de seu seio o alimento para preservar a vida. CRA 227 1 Isto ainda não é tudo. Ela também comunica seu humor e temperamento à criança que amamenta. A vida da criança vincula-se à dela. Se a serva é um tipo rude de mulher, apaixonada e desarrazoada; se não é cuidadosa em sua moral, a criança, com toda a probabilidade, será de tipo igual ou semelhante. A mesma qualidade grosseira de sangue que circula nas veias da ama, está nas veias da criança. As mães que assim afastam os filhos de seus braços, recusando os deveres maternos, por serem um peso que não podem sustentar facilmente, enquanto dedicam a vida à moda -- essas mães são indignas deste nome. Degradam os nobres instintos e santos atributos femininos, preferindo ser mariposas dos prazeres da moda, possuindo menos senso de suas responsabilidades para com a posteridade do que os mudos animais. Muitas mães substituem o seio pela mamadeira. Isto é necessário quando não possuem alimento para os filhos. Mas em nove casos dentre dez, os hábitos errados na maneira de vestir e comer, desde os dias de sua juventude, acarretaram-lhes a incapacidade de cumprir os deveres que a natureza lhes designara. ... CRA 227 2 Sempre me tem parecido desamoroso e cruel que mães capazes de amamentar os filhos os tirassem do seio materno para a mamadeira. Neste caso é necessário o maior cuidado para que o leite provenha de vaca sadia, e a mamadeira, assim como o leite, sejam perfeitamente limpos. Isto é freqüentemente negligenciado, e em resultado o bebê vem a sofrer desnecessariamente. E possível que ocorram perturbações do estômago e intestinos, e o nenê, mui digno de ser lastimado, se torna doente, se é que nasceu sadio. -- The Health Reformer, Setembro de 1871. CRA 228 1 342. É crítico o período durante o qual o bebê recebe o alimento da mãe. Muitas mães, enquanto nutrem a criança, têm-se permitido trabalhar demais, excitando o sangue ao cozinharem, o que tem afetado seriamente o bebê, não só pelo alimento febril recebido do seio da mãe, mas também porque seu sangue se tornou envenenado pelo regime insalubre daquela -- regime que lhe tem posto em estado febril todo o organismo, deste modo afetando o alimento do pequeno. Este é também afetado pela condição da mente da mãe. Se ela é infeliz, se facilmente se agita e se irrita, dando lugar a irrupções de paixão, o alimento que a criança recebe da mãe é inflamado, produzindo muitas vezes cólica, espasmos e, em alguns casos, convulsões e desmaios. CRA 228 2 Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do alimento recebido da mãe. Quão importante, então, que a mãe, enquanto amamenta seu bebê, conserve um estado mental feliz, tendo o perfeito controle de seu espírito. Assim fazendo, não se prejudica o alimento da criança, e o procedimento calmo e dominado seguido pela mãe no cuidado do filho, tem muito que ver com o molde de seu espírito. Se o pequeno for nervoso, ficar agitado facilmente, as maneiras cuidadosas e calmas da mãe terão uma influência no sentido de abrandar e corrigir, e a saúde da criança muito poderá aproveitar. CRA 228 3 Tem-se feito grande mal às crianças por um trato impróprio. Se a criança se mostra impertinente, geralmente se lhe dá alimento para aquietá-la, quando, na maioria dos casos, a própria razão de sua irritabilidade está em ter recebido demasiado alimento, tornado nocivo pelos hábitos errôneos da mãe. O acréscimo de alimento apenas piora a situação, pois seu estômago já estava sobrecarregado. -- (1865) HL, cap. 2, págs. 39 e 40. Regularidade no comer CRA 228 4 343. A primeira educação que as crianças devem receber da mãe, na infância, deve ser acerca de sua saúde física. Só lhes deve permitir alimento simples, da qualidade que lhes preserve a melhor condição de saúde, e esse só deve ser tomado em períodos regulares, não mais do que três vezes ao dia, e duas refeições seria melhor do que três. Se as crianças forem disciplinadas devidamente, logo aprenderão que nada conseguirão por chorar e irritar-se. A mãe judiciosa, na educação dos filhos agirá não meramente tendo em vista o presente conforto dela mesma, porém o bem futuro deles. E para isso ensinará ela aos filhos a importante lição do domínio do apetite e da negação de si mesmos, e que devem comer, beber e vestir-se tendo em vista a saúde. -- (1865) HL, cap. 2, pág. 47. CRA 229 1 344. Não deveis permitir a vossos filhos que comam doces, frutas, nozes ou o que quer que seja no ramo dos alimentos, entre as suas refeições. Duas refeições ao dia será para eles melhor do que três. Se os pais derem o exemplo, e agirem dirigidos pelo princípio, os filhos logo entrarão na linha. Irregularidades no comer destroem a condição sadia dos órgãos digestivos, e quando vossos filhos vêm à mesa, não lhes apetece o alimento saudável; seu apetite anseia por aquilo que lhes é mais prejudicial. Muitas vezes vossos filhos têm sofrido febre e calafrios devidos ao comer de modo impróprio, sendo os pais os culpados de sua doença. É dever dos pais cuidar que os filhos formem hábitos conducentes à saúde, poupando-se assim muito aborrecimento. -- Testimonies for the Church 4:502 (1880). CRA 229 2 345. As crianças são também alimentadas com demasiada frequência, o que produz indisposição febril e sofrimentos de várias espécies. Não deve o estômago ser conservado a trabalhar constantemente, mas ter seus períodos de descanso. Sem isso as crianças se tornarão impertinentes e irritadiças, adoecendo freqüentemente. -- The Health Reformer, Setembro de 1866. Educação do apetite na infância CRA 229 3 346. Mal se pode apreciar devidamente a importância de habituar bem as crianças quanto a um são regime alimentar. As crianças devem aprender que têm de comer para viver, e não viver para comer. Esses hábitos devem começar a ser implantados já na criancinha de braço. Ela só deve tomar alimentos a intervalos regulares, e menos freqüentemente, à medida que vai tendo mais idade. Não convém dar-lhe doces, ou comidas dos adultos, que é incapaz de digerir. O cuidado e a regularidade na alimentação dos pequeninos, não somente promove a saúde, tendendo assim a torná-los sossegados e mansos, mas lançará o fundamento para os hábitos que lhes serão uma bênção nos anos posteriores. CRA 230 1 Ao saírem as crianças da primeira infância, deve-se exercer grande cuidado em educar-lhes os gostos e o apetite. Muitas vezes se lhes permite que comam o que preferem, e quando o entendam, sem se tomar em consideração a saúde. Os esforços e o dinheiro desperdiçados freqüentemente em petiscos, levam as crianças a pensar que o primeiro objetivo na vida, o que maior soma de felicidade proporciona, é poder satisfazer o apetite. O resultado disso é a gula, vindo depois a doença, à qual se segue em geral o emprego de drogas envenenadoras. CRA 230 2 Os pais devem educar o apetite dos filhos, não lhes permitindo também comerem coisas que prejudiquem a saúde. Mas no esforço de regularizar-lhes a alimentação, devemos ser cuidadosos em não exigir dos filhos que comam coisas desagradáveis ao paladar, nem mais do que necessitam. As crianças têm direitos, têm preferências, e quando estas sejam razoáveis, devem ser respeitadas. ... CRA 230 3 As mães que satisfazem os desejos dos filhos com detrimento da saúde e de uma disposição feliz, estão lançando sementes daninhas que hão de germinar e dar fruto. A condescendência consigo mesmos cresce com os pequenos, e tanto o vigor físico como o mental são por essa forma sacrificados. As mães que assim fazem, ceifam com amargura a semente que semearam. Vêem os filhos crescerem, tanto mentalmente, como no que respeita ao caráter, incapazes para desempenhar um papel nobre e útil na família e na sociedade. As faculdades espirituais, mentais e físicas, sofrem sob a influência de uma alimentação não saudável. A consciência fica entorpecida, e diminui de suscetibilidade às boas impressões. CRA 231 1 Ao passo que se ensinam as crianças a dominarem o apetite, e comerem segundo as leis da saúde, convém fazê-las compreender que se estão privando apenas daquilo que lhes seria prejudicial. Rejeitam coisas nocivas por outras melhores. Que a mesa seja convidativa e atraente, sendo provida das boas coisas que Deus tão generosamente nos proporcionou. Seja a hora da refeição um tempo alegre e feliz. E ao gozarmos os dons que nos são concedidos, retribuamos com gratos louvores ao Doador. -- A Ciência do Bom Viver, 383-385 (1905). CRA 231 2 347. Muitos pais, a fim de evitarem a tarefa de educar pacientemente os filhos em hábitos de renúncia, e ensiná-los a fazerem reto uso de todas as bênçãos de Deus, deixam-nos comer e beber sempre que lhes apeteça. O apetite e a condescendência egoísta, a menos que sejam refreados positivamente, aumentam com o crescimento e fortalecem-se com a força. Quando essas crianças começarem a viver por si mesmas, e assumirem seu lugar na sociedade, serão impotentes para resistir à tentação. Por toda parte abundam a impureza moral e crassa iniqüidade. A tentação de ceder ao paladar e satisfazer a inclinação não tem diminuído com o correr dos anos, e a juventude em geral é governada pelo impulso, sendo escravos do apetite. No glutão, no devoto do tabaco, no bebedor de vinho e no ébrio vemos os maus resultados da educação defeituosa. -- Testimonies for the Church 3:564 (1875). Condescendência e depravação CRA 231 3 348. As crianças que se alimentam de modo impróprio são muitas vezes débeis, pálidas e raquíticas, são nervosas, excitáveis e irritadiças. Tudo que é nobre é sacrificado ao apetite e predominam as paixões animais. A vida de muitas crianças dos cinco aos dez e quinze anos de idade parece assinalada pela depravação. Possuem conhecimento de quase todos os vícios. Os pais, em grande parte, são faltosos nesta questão, e ser-lhes-ão imputados os pecados de seus filhos, os quais seu procedimento impróprio os levaram indiretamente a cometer. Tentam os filhos a condescenderem com o apetite colocando-lhes na mesa alimentos cárneos e outros pratos preparados com condimentos, o que têm a tendência de excitar as paixões animalescas. Por seu exemplo ensinam aos filhos a intemperança no comer. Têm-nos deixado comer a quase qualquer hora do dia, o que mantêm os órgãos digestivos constantemente carregados. As mães têm tido muito pouco tempo para ensinar os filhos. Seu precioso tempo tem sido dedicado ao preparo de várias espécies de alimento insalubre para sua mesa. CRA 232 1 Muitos pais têm deixado que seus filhos se arruinassem enquanto se empenhavam em adaptar sua vida às modas. Se chegam visitas, desejam que se assentem a uma mesa tão lauta como encontrariam em qualquer círculo de conhecidos. Muito tempo e despesas são dedicados a este objetivo. Por amor da aparência, prepara-se rico alimento, adaptado ao apetite, e mesmo professos cristãos fazem tanto aparato que atraem ao redor de si uma classe cujo principal objetivo, ao visitá-los, é comer as iguarias que lhes são oferecidas. Devem os cristãos reformar-se neste sentido. Conquanto devam hospedar cortesmente suas visitas, não devem ser tão grandes escravos da moda e do apetite. -- Spiritual Gifts 4:132, 133 (1864). Buscar a simplicidade CRA 232 2 349. Deve o alimento ser tão simples que seu preparo não absorva todo o tempo da mãe. É verdade que se deve tomar cuidado para suprir a mesa de alimento saudável, preparado de modo salutar e convidativo. Não penseis que qualquer coisa que possais misturar descuidadamente para servir de alimento, seja bastante bom para os filhos. Mas menos tempo deve ser dedicado ao preparo de pratos insalubres, para agradar ao apetite pervertido, e mais tempo à educação e preparo dos filhos. Seja a força que é agora dedicada ao desnecessário planejar quanto ao que haveis de comer e beber, e com que vos haveis de vestir, dirigida no sentido de manter asseada a pessoa deles e bem arrumada sua roupa. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 141 (1890). CRA 232 3 350. Carnes muito temperadas, seguidas de rica pastelaria, desgastam os órgãos digestivos vitais das crianças. Se se acostumassem ao alimento simples e saudável, seu apetite não reclamaria guloseimas desnaturais e pratos complicados. ... A carne, ministrada às crianças, não é o melhor para lhes garantir o êxito. ... Educar vossos filhos a viver com um regime cárneo ser-lhe-ia nocivo. É muito mais fácil criar um apetite desnatural do que corrigir e reformar o paladar depois de se ter tornado segunda natureza. -- Carta 72, 1896. Promovendo a intemperança CRA 233 1 351. Muitas mães que deploram a intemperança que existe por toda parte, não aprofundam a visão o bastante para ver a causa. Preparam diariamente uma variedade de pratos e alimentos muito condimentados, que tentam o apetite e incitam a comer em excesso. A mesa de nosso povo americano é geralmente provida de modo a formar bêbados. Para vasta classe, o apetite é a regra dominante. Quem quer que condescenda com o apetite comendo demasiado freqüentemente, e comida que não seja saudável, está enfraquecendo sua força para resistir aos reclamos desse apetite e da paixão em outros sentidos, e isto proporcionalmente ao vigor que permitiu tomarem os hábitos incorretos no comer. As mães precisam de ser devidamente impressionadas quanto à obrigação que têm para com Deus e o mundo, de prover à sociedade filhos de caráter bem formado. Homens e mulheres que venham ao campo de ação com princípios firmes, estarão aptos a permanecer incontaminados entre a poluição moral deste século corrupto. ... CRA 233 2 As mesas de muitas mulheres professamente cristãs são diariamente postas com uma variedade de pratos que irritam o estômago e produzem um estado febril do organismo. Alimentos cárneos constituem o artigo principal de alimento sobre a mesa de algumas famílias, até que seu sangue se encha de humores cancerosos e escrofulosos. Seu corpo compõe-se daquilo que comem. Mas quando lhes sobrevêm sofrimento e doença, isto é considerado uma aflição vinda da Providência. CRA 233 3 Repetimos: A intemperança começa em nossas mesas. Condescende-se com o apetite até que ele se torne segunda natureza. Pelo uso de chá e café, cria-se o desejo de fumar, e isto estimula o desejo de beber. -- Testemunhos Selectos 1:422, 423 (1875); Testimonies for the Church 3:563. CRA 234 1 352. Iniciem os pais uma cruzada contra a intemperança em seu próprio lar, nos princípios que ensinam os filhos a seguirem desde a infância, e poderão ter esperança de êxito. -- A Ciência do Bom Viver, 334 (1905). CRA 234 2 353. Devem os pais fazer seu primeiro objetivo tornar-se sábios em relação à maneira devida de tratar com seus filhos, a fim de que lhes possam assegurar espírito são em corpo são. Os princípios da temperança devem ser praticados em todos os pormenores da vida doméstica. A abnegação deve ser ensinada aos filhos e ser-lhes imposta, no limite do coerente, desde a infância. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 46; Conselhos Sobre Saúde, 113 (1890). CRA 234 3 354. Muitos pais educam os gostos de seus filhos e formam-lhes o apetite. Permitem-lhes comer alimentos cárneos e tomar chá e café. Os alimentos cárneos altamente condimentados e o chá e café que algumas mães animam os filhos a usarem, preparam o caminho para ansiarem por estimulantes mais fortes, como o fumo. O uso deste incita o desejo por bebidas alcoólicas, e o uso de fumo e álcool invariavelmente diminui a energia. CRA 234 4 Se as sensibilidades morais dos cristãos fossem despertadas em relação ao assunto da temperança em todas as coisas, poderiam eles, por seu exemplo, começando em sua mesa, ajudar aos que são débeis no domínio próprio, e que são quase impotentes para resistir aos anseios do apetite. Se reconhecêssemos que os hábitos que formamos nesta vida afetarão nossos interesses eternos, que nosso destino eterno depende de hábitos estritamente temperantes, esforçar-nos-íamos no sentido de praticar rigorosa temperança no comer e beber. CRA 234 5 Por nosso exemplo e esforço pessoal podemos ser o meio de salvar muitas almas da degradação da intemperança, crime e morte. Nossas irmãs muito podem fazer na grande obra da salvação de outros, pondo à mesa somente alimento saudável e nutritivo. Podem empregar seu precioso tempo em educar os gostos e apetites de seus filhos, levando-os a formar hábitos de temperança em todas as coisas, e animando-os a praticar a renúncia e beneficência em favor dos outros. CRA 235 1 Não obstante o exemplo que Cristo nos deu no deserto da tentação, negando o apetite e vencendo o seu poder, há muitas mães cristãs que, por seu exemplo e pela educação que dão aos filhos, preparam-nos para se tornarem glutões e beberrões. Às crianças tolera-se muitas vezes que comam o que preferem e quando querem, sem tomar em consideração a saúde. Há muitos filhos que são educados para glutões, desde a infância. Graças à condescendência com o apetite tornam-se dispépticos, ainda crianças. A condescendência consigo mesmo e a intemperança no comer aumentarão com o seu crescimento e se fortalecerão com a sua força. O vigor físico e mental é sacrificado pela condescendência dos pais. Forma-se o gosto em relação a certos pratos dos quais não podem receber benefício algum, mas tão-somente dano, e à medida que é sobrecarregado o organismo, debilita-se a constituição. -- Testimonies for the Church 3:488, 489 (1875). Ensinar a evitar os estimulantes CRA 235 2 355. Ensinai vosso filhos a aborrecer os estimulantes. Quantos estão ignorantemente promovendo neles um apetite dessas coisas! Na Europa vi enfermeiras chegando aos lábios de pequeninos inocentes o copo de vinho ou cerveja, cultivando assim neles o gosto dos estimulantes. Ao crescerem, aprendem a depender mais e mais dessas coisas, até que, a pouco e pouco, são vencidos, sendo arrastados para além do alcance do auxílio, terminando por ocupar a campa de um beberrão. CRA 235 3 Mas não é só assim que o apetite é pervertido e tornado uma cilada. O alimento muitas vezes é de forma a excitar o desejo de bebidas estimulantes. Pratos muito complicados são colocados perante as crianças -- alimentos condimentados, ricos molhos, bolos e pastelarias. Esse alimento altamente condimentado irrita o estômago e causa o desejo de estimulantes mais fortes. Não só é o apetite tentado com alimento inadequado, do qual às crianças se deixa comer livremente na hora das refeições, mas permite-se-lhes comer entre as refeições, e quando chegam aos doze ou catorze anos de idade, são muitas vezes consumados dispépticos. CRA 236 1 Talvez já tenhais visto uma gravura do estômago de pessoa viciada em bebida forte. Estado semelhante é produzido pela influência de condimentos fortes. Com o estômago nessas condições, apresenta-se um desejo de algo mais para satisfazer as exigências do apetite, alguma coisa mais forte, e sempre mais forte. Em seguida descobrireis vossos filhos na rua, aprendendo a fumar. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 17 (1890). Alimentos especialmente prejudiciais a crianças CRA 236 2 356. É impossível, para os que dão rédea solta ao apetite, alcançar a perfeição cristã. As sensibilidades morais de vossos filhos não podem ser despertadas facilmente, a menos que sejais cuidadosos na seleção do seu alimento. Muita mãe põe a mesa de maneira que se torna uma cilada para a família. Alimentos cárneos, manteiga, queijo, rica pastelaria, alimentos temperados e condimentos são usados livremente, por velhos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, excitando os nervos e enfraquecendo o intelecto. Os órgãos produtores do sangue não podem converter esses artigos em bom sangue. A gordura cozida com o alimento torna-o de digestão difícil. O efeito do queijo é deletério. O pão feito com a farinha refinada não comunica ao organismo a nutrição que se encontra no pão de farinha integral. Seu uso comum não conservará o organismo na melhor das condições. Os condimentos a princípio irritam o sensível revestimento do estômago, mas finalmente destroem a sensibilidade natural dessa delicada membrana. O sangue torna-se febril, despertam-se as propensões animalescas, enquanto se enfraquecem as faculdades morais e intelectuais, tornando-se servas das paixões baixas. Deve a mãe esforçar-se por apresentar à família um regime simples mas nutriente. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 46, 47; Conselhos Sobre Saúde, 114 (1890). Impedir as tendências más CRA 236 3 357. Não hão de as mães desta geração sentir a santidade de sua missão e, em vez de competir com seus vizinhos ricos, em suas ostentações, procurar excedê-los na fiel realização da tarefa de instruir os filhos para a vida melhor? Se as crianças e os jovens fossem treinados e educados em hábitos de abnegação e domínio próprio, se se lhes ensinasse que eles comem para viver em vez de viver para comer, haveria então menos doenças e menos corrupção moral. Pouca necessidade haveria de campanhas de temperança, que pouca importância têm, se na juventude, que forma e molda a sociedade, pudessem ser implantados princípios retos com respeito à temperança. Possuiriam então valor e integridade morais para resistir, na força de Jesus, às poluições destes últimos dias. ... Pais podem ter transmitido aos filhos tendências ao apetite e paixão, as quais tornarão mais difícil a obra de educar e preparar esses filhos no sentido de serem estritamente temperantes, e terem hábitos puros e virtuosos. Se o desejo de alimento insalubre e de estimulantes e narcóticos lhes foi transmitido como legado dos pais, que responsabilidade terrivelmente solene repousa sobre aqueles, de combater as más tendências que proporcionaram aos filhos! Quão fervorosa e diligentemente devem os pais agir para, com fé e esperança, cumprir seu dever para com a infeliz prole! CRA 237 1 Devem os pais tornar sua primeira preocupação compreender as leis da vida e saúde, para que nada façam, no preparo do alimento, ou por meio de qualquer outro hábito, que desenvolva tendências erradas nos filhos. Quão cuidadosamente devem as mães procurar dispor a mesa com o alimento mais simples e saudável, a fim de que os órgãos digestivos não sejam enfraquecidos, desequilibradas as forças nervosas e, por causa do alimento que lhes é apresentado, contraditada a instrução que deviam dar aos filhos! Esse alimento, ou enfraquece ou fortalece os tecidos do estômago, e tem muito que ver com o controle da saúde física e moral dos filhos, que por Deus foram adquiridos por preço de sangue. Que depósito sagrado é confiado aos pais: guardar a constituição física e moral de seus filhos, de modo que o sistema nervoso seja bem equilibrado e a alma não corra perigo! Os que condescendem com o apetite dos filhos, e não lhes controlam as paixões, reconhecerão o terrível erro que cometeram, vendo os escravos do fumo e da bebida, cujos sentidos se acham embotados, e cujos lábios proferem palavras falsas e profanas. -- Testimonies for the Church 3:567, 568 (1875) A cruel bondade da condescendência CRA 238 1 358. Foi-me mostrado que uma grande causa do deplorável estado de coisas existente está em não se sentirem os pais na obrigação de criarem os filhos de modo a conformarem-se com a lei física. As mães amam os filhos com um amor idolátrico e condescendem com o seu apetite, quando sabem que isso lhes prejudicará a saúde, acarretando-lhes doença e infelicidade. Essa bondade cruel manifesta-se em grande extensão na geração presente. Os desejos dos filhos são satisfeitos a expensas de sua saúde e temperamento feliz, porque no momento é mais fácil para a mãe satisfazê-los, do que negar-lhes aquilo pelo que clamam. CRA 238 2 Assim semeiam as mães a semente que germinará e produzirá fruto. Os filhos não são educados no sentido de negarem o apetite e restringirem os desejos. E tornam-se egoístas, exigentes, desobedientes, ingratos e profanos. As mães que perpetram esta obra ceifarão com amargura os frutos da sementeira que lançaram. Pecaram contra o Céu e contra os filhos, e Deus as terá como responsáveis. -- Testimonies for the Church 3:141 (1873). CRA 238 3 359. Quando pais e filhos se encontrarem, no dia do ajuste final, que cena se apresentará! Milhares de filhos que foram escravos do apetite e de vícios degradantes, cujas vidas são destroços morais, estarão face a face com os pais que os tornaram o que são. Quem, senão os pais, tem de arcar com esta terrível responsabilidade? Foi o Senhor que tornou corruptos esses jovens? Oh, não! Quem, então, perpetrou esta obra terrível? Não foram os pecados dos pais transmitidos aos filhos, na forma de apetites e paixões pervertidos? E não foi completada a obra por aqueles que negligenciaram a sua educação de acordo com o modelo dado por Deus? Tão certo como eles existem, é terem esses pais de passar em revista diante de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 76, 77 (1890). Observações feitas em viagem CRA 239 1 360. Enquanto viajava, ouvi pais dizerem que o apetite de seus filhos era delicado, e a menos que tivessem carne e bolo, não comiam. Ao ser tomada a refeição do meio-dia, observei a qualidade de alimento dada a esses filhos. Era pão branco de trigo, fatias de presunto cobertas de pimenta-do-reino, picles condimentados, bolo e conservas. As faces pálidas e doentias daquelas crianças bem indicavam os insultos que o estômago sofria. Duas dessas crianças observaram as crianças de outra família a comerem queijo juntamente com sua comida, e perderam o apetite para o que tinham ante si, até que a condescendente mãe pediu encarecidamente um pedaço daquele queijo para lhos dar, temendo que os queridos filhos deixassem de tomar a refeição. Observou a mãe: Meus filhos gostam tanto disto ou daquilo, e eu lhes dou o que querem, pois o paladar pede as espécies de alimento que o organismo requer! CRA 239 2 Isto poderia ser correto se o paladar não tivesse nunca sido pervertido. Há apetite natural e apetite depravado. Os pais que toda a vida ensinaram os filhos a tomarem alimento insalubre e estimulante, até que o apetite se perverteu, e eles então desejam comer barro, lápis de pedra, café queimado, borra de chá, canela, cravo e condimentos, não poderão alegar que o apetite pede aquilo que o organismo requer. O apetite foi educado falsamente, até que ficou depravado. Os finos tecidos do estômago foram estimulados e inflamados, até terem perdido sua delicada sensibilidade. O alimento simples e saudável parece-lhes insípido. O estômago, abusado, não efetua a obra que lhe é dada, a menos que a isso seja forçado pelos alimentos mais estimulantes. Se esses filhos tivessem sido educados, desde a infância, a só tomarem alimento saudável, preparado da maneira mais simples, conservando o mais possível suas propriedades naturais, e evitassem os alimentos cárneos, gordura e toda espécie de condimentos, seu paladar e apetite não sofreriam prejuízo. Em seu estado natural, poderia indicar, em grande proporção, o alimento melhor adaptado às necessidades do organismo. CRA 239 3 Enquanto pais e filhos comiam suas iguarias, meu marido e eu participávamos de nosso repasto simples, em nosso horário usual, 1 hora da tarde: pão integral sem manteiga, e generoso suprimento de frutas. Tomamos nossa refeição com vivo prazer, e com o coração agradecido por não sermos obrigados a trazer conosco uma mercearia para satisfazer a um apetite caprichoso. Comemos satisfeitos, e só voltamos a sentir vontade de comer na manhã seguinte. O rapaz que vendia laranjas, nozes, pipoca e doces teve em nós maus fregueses. CRA 240 1 A qualidade do alimento tomado por aqueles pais e filhos não podia converter-se em sangue bom e em temperamentos brandos. As crianças eram pálidas. Algumas tinham incômodas feridas no rosto e nas mãos. Outras estavam quase cegas, com dor-d'olhos, o que muito prejudicava a formosura de seu semblante. E outros, ainda, não tinham erupção na pele, mas afligiam-se com a tosse, catarro ou perturbações da garganta e dos pulmões. Notei um menino de três anos, que sofria de diarréia. Tinha febre bastante alta, mas parecia pensar que tudo de que carecia era alimento. Cada poucos minutos reclamava bolo, frango, picles. A mãe lhe atendia a todos os reclamos, qual escrava obediente; e se o alimento requerido não vinha tão depressa como era desejado, e os gritos e pedidos se tornavam incômodos e urgentes, a mãe respondia: "Sim, sim, queridinho, já lhe vou dar!" Posto o alimento em sua mão, ele o atirava obstinadamente no chão do carro, porque não lhe viera tão depressa como queria. Uma meninazinha estava comendo seu presunto cozido, com picles condimentado, pão e manteiga, quando notou o meu prato. Continha este alguma coisa que ela não possuía, e recusou-se então a continuar comendo. Essa menina, de seis anos, disse que queria um prato. Pensei que o que ela desejava era a bonita e vermelha maçã que eu comia; e embora tivéssemos poucas, tive tanta pena dos pais, que lhe dei uma bela maçã. Ela a arrebatou de minha mão e desdenhosamente a jogou depressa no chão. Pensei: Esta criança, se assim lhe satisfizerem as vontades, por certo causará vergonha a sua mãe. CRA 240 2 Esta exibição de teimosia era resultado do procedimento condescendente da mãe. A qualidade de alimento que ela provia a sua filha era uma contínua sobrecarga aos órgãos digestivos. O sangue era impuro, e a criança doentia e irritadiça. A espécie de alimento dada todos os dias àquela criança era de natureza a excitar as paixões de ordem mais baixa, e deprimir a moral e o intelecto. Os pais estavam moldando os hábitos de sua filha. Tornavam-na egoísta e desamorosa. Não lhe restringiam os desejos, nem lhe controlavam as paixões. Que poderão esperar de tal rebento, se chegar à maturidade? Muitos parecem não compreender a relação que o espírito tem com o corpo. Se o organismo é embaraçado por alimento impróprio, são afetados o cérebro e os nervos, e facilmente se excitam as paixões. CRA 241 1 Uma criança de cerca de dez anos sofria de calafrios e febre, e não tinha apetite. A mãe insistia com ela: "Coma um pouco deste pão-de-ló. Aqui está um bom pedaço de galinha. Você não quer um bocado destas conservas?" A criança afinal tomou uma refeição lauta, bastante para uma pessoa com saúde. O alimento que foi instada que comesse não era apropriado nem para um estômago sadio, e muito menos deveria ser tomado estando ele doente. A mãe, cerca de duas horas depois, banhava a cabeça da criança, dizendo que não entendia porque tinha tão alta febre. Tinha ela acrescentado lenha ao fogo, e agora admirava-se de que o fogo ardesse. Tivesse aquela criança sido deixada aos cuidados da natureza, e tomasse o estômago o repouso tão necessário, e os sofrimentos dela poderiam ter sido muito menores. Essas mães não estavam preparadas para criar filhos. A maior causa do sofrimento humano é a ignorância na questão de como tratar nosso corpo. CRA 241 2 Indagam muitos: Que devo comer, e como viver, para melhor gozar o tempo presente? O dever e o princípio são postos à margem, por amor à satisfação presente. Se quisermos ter saúde, devemos viver de acordo. Se quisermos aperfeiçoar um caráter cristão, devemos viver consoantemente. Os pais são, em grande proporção, responsáveis pela saúde física e moral de seus filhos. Devem instruí-los insistentemente a que se conformem com as leis da saúde, para seu próprio bem, a fim de se pouparem infelicidade e sofrimento. Como é estranho que as mães contemporizem com os filhos para a ruína de sua saúde física, mental e moral! Qual será a qualidade desse mimo exagerado! Essas mães fazem os filhos inábeis para a felicidade nesta vida, e tornam muito incerta a perspectiva da vida futura. -- The Health Reformer, Dezembro de 1870. Causa de irritabilidade e nervosismo CRA 242 1 361. A regularidade deve ser a regra em todos os hábitos das crianças. Cometem as mães um grande erro em permitir-lhes que comam entre as refeições. Esta prática prejudica o estômago, e põe a base para sofrimentos futuros. Sua impertinência pode ter sido causada pelo alimento insalubre, ainda não digerido; mas a mãe julga que não pode gastar tempo para raciocinar sobre a questão e corrigir sua má orientação. Nem pode ela se deter para abrandar sua impaciente inquietação. Dá aos pequenos sofredores um pedaço de bolo ou alguma outra guloseima para aquietá-los, mas isso tão-somente aumenta o mal. Algumas mães, em sua ansiedade por fazer grande quantidade de trabalho, excitam-se em tão grande pressa e nervosismo que ficam mais irritadiças que os filhos, e repreendendo, e mesmo batendo, procuram aterrar os pequenos, de modo que fiquem quietos. CRA 242 2 Queixam-se muitas vezes as mães da saúde delicada de seus filhos, e consultam o médico, quando, se tão-somente exercessem um pouco de senso comum, veriam que o mal é causado por erros no regime alimentar. CRA 242 3 Vivemos numa época de glutonaria, e os hábitos nos quais são educados os jovens, mesmo por muitos adventistas do sétimo dia, estão em oposição direta às leis da natureza. Estava eu certa vez assentada à mesa com várias crianças abaixo de doze anos de idade. Foi servida carne em abundância, e então uma menina delicada e nervosa pediu picles. Entregaram-lhe um frasco de picles mistos, ardente de mostarda e queimante de outros condimentos, e disso ela se serviu livremente. A criança era proverbial por seu nervosismo e temperamento irritadiço, e aqueles condimentos ardentes estavam bem no caso de produzir semelhante estado. O filho mais velho achava que não podia tomar uma refeição sem carne, e mostrava grande descontentamento, e mesmo desrespeito, quando não lhe era dada. A mãe condescendera com os seus gostos e desgostos a ponto de tornar-se pouco menos que escrava de seus caprichos. Ao menino não se provera trabalho, e passava a maior parte do seu tempo lendo coisas inúteis ou piores que inúteis. Queixava-se quase constantemente de dor de cabeça, e não tinha prazer em alimento simples. CRA 243 1 Devem os pais prover ocupação para os filhos. Coisa alguma será mais certa fonte de mal do que a indolência. O trabalho físico que produz uma sadia fadiga aos músculos, dará apetite para alimento simples e saudável, e o jovem que tem trabalho apropriado não se levantará da mesa murmurando porque não vê a sua frente uma travessa de carne e várias iguarias que lhe tentem o apetite. CRA 243 2 Jesus, o Filho de Deus, trabalhando com Suas mãos na banca de carpinteiro, deu um exemplo a todos os jovens. Lembrem-se os que zombam quanto a assumir os deveres comuns da vida, de que Jesus era sujeito aos pais, e contribuía com Sua parte para o sustento da família. Poucas iguarias se viam na mesa de José e Maria, pois achavam-se entre os pobres e humildes. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 61, 62; Fundamentos da Educação Cristã, 150, 151 (1890). Relação do regime para com o desenvolvimento moral CRA 243 3 362. É tremendo o poder de Satanás sobre os jovens deste século. A menos que a mente de nossos filhos esteja firmemente equilibrada por princípios religiosos, sua moral se corromperá pelos exemplos viciosos com os quais entram em contato. O maior perigo dos jovens provém da falta de domínio próprio. Pais condescendentes não ensinam a seus filhos a abnegação. O próprio alimento que lhes colocam na frente é de molde a irritar o estômago. A excitação assim produzida comunica-se ao cérebro, e em resultado despertam-se as paixões. Não se pode repetir demasiado que o que quer que seja introduzido no estômago afeta não só o corpo, mas afinal a mente também. Alimento gorduroso e estimulante torna o sangue febril, excita o sistema nervoso e muitas vezes embota as percepções morais, de modo que a razão e a consciência são levadas de vencida pelos impulsos sensuais. É difícil, e muitas vezes quase impossível, para o intemperante no regime, exercer paciência e domínio próprio. Daí a especial importância de só permitir às crianças, cujo caráter não está ainda formado, alimento que seja saudável e não estimulante. Foi por amor que o Pai celestial enviou a luz da reforma de saúde para nos guardar contra os males que resultam da irrefreada condescendência com o apetite. CRA 244 1 "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." Estão os pais fazendo isto, quando preparam o alimento para a mesa, e reúnem a família para dele participar? Põem eles perante os filhos unicamente aquilo que sabem irá lhes produzir a melhor espécie de sangue, aquilo que conservará o organismo no estado menos febril, mantendo-o na melhor relação possível para com a vida e a saúde? Ou porventura, desatentos ao bem futuro de seus filhos, lhes provêm alimento insalubre, estimulante, irritante? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134 (1890). CRA 244 2 363. Mas mesmo os reformadores de saúde podem errar na quantidade de alimento. Podem comer imoderadamente de uma espécie saudável de alimento. Alguns, nesta casa, erram na qualidade. Nunca definiram sua atitude na questão da reforma de saúde. Preferem comer e beber aquilo que lhes agrada e quando lhes apraz. Deste modo prejudicam o organismo. Não só isto, mas prejudicam a família colocando-lhes na mesa alimento que produz febre, aumenta as paixões animalescas dos filhos e leva-os a terem em pouca conta as coisas celestiais. Os pais estão assim fortalecendo as faculdades animalescas dos filhos, e diminuindo-lhes as espirituais. Que dura penalidade terão eles de pagar afinal! E admiram-se de que seus filhos sejam tão fracos moralmente! -- Testimonies for the Church 2:365 (1870). A corrupção entre as crianças CRA 244 3 364. Vivemos em uma época de corrupção. É um tempo em que Satanás parece ter quase inteiro domínio sobre as mentes não totalmente consagradas a Deus. Há, portanto, mui grande responsabilidade sobre os pais e pessoas que têm a seu cargo a criação de crianças. Os pais assumiram a responsabilidade de dar à existência essas crianças; e agora, qual é seu dever? É deixá-las crescer como lhes for possível, e segundo a vontade delas? Permiti que vos diga: pesada é a responsabilidade que repousa sobre esses pais. ... CRA 244 4 Disse eu que alguns de vós sois egoístas. Não compreendeis o que vos queria dizer. Procurastes saber qual o alimento mais saboroso. O paladar e a satisfação, em vez da glória de Deus e do desejo de progredir na vida divina, e aperfeiçoar a santidade no temor do Senhor, isso é o que tem dominado. Tendes consultado vosso próprio prazer, vosso próprio apetite; e enquanto isso fizestes, Satanás vos tomou a dianteira e, como se dá em geral, todas as vezes frustrou vossos esforços. CRA 245 1 Alguns de vós, pais, tendes levado vossos filhos ao médico para ver o que havia com eles. Eu em dois minutos vos poderia ter dito qual o mal. Vossos filhos estão corruptos. Satanás obteve o seu controle. Ele passou justamente a vossa frente, enquanto vós, que sois para eles como Deus, para guardá-los, estivestes à vontade, insensíveis e modorrentos. Deus vos ordenou criá-los na doutrina e admoestação do Senhor. Mas Satanás penetrou, mesmo na vossa presença, tecendo fortes laços em torno deles. E todavia continuais dormitando. Que o Céu tenha piedade de vós e de vossos filhos, pois cada um de vós carece de Sua misericórdia. As coisas poderiam ter sido diferentes CRA 245 2 Se tivésseis tomado posição na questão da reforma de saúde; se tivésseis acrescentado a vossa fé a virtude, à virtude o conhecimento, e ao conhecimento a temperança, as coisas poderiam ter sido diferentes. Mas vos achastes apenas parcialmente despertos, pela iniqüidade e corrupção que campeiam em vossas casas. ... CRA 245 3 Devíeis estar ensinando vossos filhos. Devíeis instruí-los sobre como fugir aos vícios e corrupção deste século. Em vez disto, muitos estão empenhados em conseguir alguma iguaria saborosa. Colocais sobre vossa mesa manteiga, ovos e carne, e vossos filhos disso participam. Alimentam-se dos próprios artigos que lhes excitam as paixões animais, e então ides à reunião e pedis a Deus que abençoe e salve vossos filhos. Que altura alcançarão vossas orações? Tendes uma obra a realizar primeiro. Depois de haverdes feito por vossos filhos tudo que Deus deixou ao vosso cuidado, podereis então, com confiança, reclamar o auxílio especial que Deus vos prometeu dar. CRA 245 4 Deveis empenhar-vos em ser temperantes em todas as coisas. Deveis considerar o que comeis e o que bebeis. Entretanto, dizeis: "Não é da conta de ninguém o que eu como, ou o que bebo, ou o que ponho à mesa." E, sim, da conta de alguém, a menos que tomeis vossos filhos e os encerreis, ou vades ao deserto, onde não sejais um peso para os outros, e onde vossos filhos turbulentos e viciosos não corrompam a sociedade em que vivem. -- Testemunhos Selectos 1:186 (1870); Testimonies for the Church 2:359-362. Ensinai os filhos a resistir à tentação CRA 246 1 365. Ponde uma guarda sobre vosso apetite; ensinai vossos filhos, pelo exemplo assim como por preceito, a usar um regime simples. Ensinai-os a ser industriosos, não meramente ocupados, mas empenhados em trabalho útil. Procurai despertar neles as sensibilidades morais. Ensinai-lhes que Deus tem direitos sobre eles, mesmo desde os primeiros anos de sua infância. Dizei-lhes que por todos os lados há corrupção moral à qual devem resistir, que precisam chegar-se a Jesus e a Ele se entregar, corpo e espírito, e que nEle encontrarão forças para resistir a toda e qualquer tentação. Mantende presente ao seu espírito que eles não foram criados meramente para agradarem-se a si mesmos, mas para serem instrumentos do Senhor, para propósitos nobres. Quando as tentações instam para que enveredem por caminhos de condescendências egoístas, quando Satanás procura excluir a Deus de sua vista, ensinai-os a olhar para Jesus, suplicando-Lhe: "Salva-me, Senhor, para que não seja vencido!" Anjos se juntarão ao seu redor, em resposta a sua oração, guiando-os em veredas seguras. CRA 246 2 Cristo orou por Seus discípulos, não para que fossem tirados do mundo, mas fossem guardados do mal -- guardados de cederem às tentações que os defrontariam por todos os lados. Esta é uma prece que deveria ser feita por todo pai e toda mãe. Mas, devem eles assim pleitear com Deus em favor dos filhos e então deixá-los a proceder segundo lhes apraz? Devem eles cevar o apetite até que se torne senhor absoluto, e então esperar refrear os filhos? Não; a temperança e o domínio próprio devem ser ensinados mesmo desde o berço. Sobre a mãe deve repousar em grande parte a responsabilidade desta obra. Os laços terrestres mais ternos são os que ligam mãe e filho. Este é mais facilmente impressionado pela vida e exemplo da mãe do que do pai, por ser mais forte e mais terno esse laço de união. Entretanto, é pesada a responsabilidade da mãe, e deve ela ter o constante auxílio do pai. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 63, 64; Fundamentos da Educação Cristã, 152, 153 (1890). CRA 247 1 366. Valer-vos-á a pena, mães, usar as preciosas horas que por Deus vos são dadas, em formardes o caráter de vossos filhos e ensinar-lhes a aderir firmemente aos princípios da temperança no comer e beber. ... CRA 247 2 Satanás vê que não pode ter tão grande poder sobre a mente quando o apetite é mantido sob controle, do que quando é tolerado, e ele opera constantemente para levar os homens a condescender. Sob a influência de alimento insalubre, a consciência torna-se adormecida, a mente se obscurece e prejudica-se sua susceptibilidade para impressionar. Mas a culpa do transgressor não é atenuada pelo motivo de ter sido a consciência violada a ponto de se tornar insensível. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 79, 80; Fundamentos da Educação Cristã, 143 (1890). CRA 247 3 367. Pais e mães, vigiai em oração. Ponde-vos em guarda rigorosa contra a intemperança sob qualquer forma. Ensinai aos vossos filhos os princípios da verdadeira reforma de saúde. Ensinai-lhes o que lhes convém evitar, a fim de preservar a saúde. Já a ira de Deus está começando a manifestar-se sobre os filhos da desobediência. Quantos pecados e práticas iníquas estão-se manifestando por todos os lados! Como um povo, devemos ter o maior cuidado em guardar nossos filhos da companhia depravada. -- Testimonies for the Church 9:160, 161 (1909); Testemunhos Selectos 3:360. ------------------------Capítulo 14 -- Arte de cozinhar saudável É pecado o cozinhar deficiente CRA 251 1 368. É pecado pôr na mesa alimento mal preparado, porquanto a questão da comida diz respeito ao bem-estar de todo o organismo. O Senhor deseja que Seu povo aprecie a necessidade de alimento preparado de maneira a não acidificar o estômago, tornando assim azedo o temperamento. Lembremo-nos de que há religião prática em um pão bem feito. O conhecimento culinário vale dez talentos CRA 251 2 Não seja considerado o trabalho culinário uma espécie de servidão. Que seria dos habitantes do mundo se todos quantos se ocupam na cozinha viessem a abandonar seu trabalho com a frívola desculpa de que ele não era suficientemente honroso? Cozinhar pode ser olhado como menos desejável que outros ramos de serviço, mas na realidade é uma ciência mais valiosa que todas as outras. Assim considera Deus o preparo da comida saudável. Tem alta estima por aqueles que fazem obra fiel em preparar alimento saudável e apetecível. A pessoa que entende da arte de preparar devidamente a comida, e se serve desse conhecimento, é mais digna de louvor do que as que se empenham em qualquer outro ramo de trabalho. Este talento deve ser considerado como valendo dez talentos; pois seu justo emprego tem muito que ver com a conservação do organismo humano em estado saudável. Visto estar tão inseparavelmente ligado com a vida e a saúde, é o mais valioso de todos os dons. -- Manuscrito 95, 1901. O respeito devido à cozinheira CRA 251 3 369. Prezo minha costureira, dou valor a minha datilógrafa; minha cozinheira, porém, que sabe bem a maneira de preparar a comida para manutenção da vida e nutrição do cérebro, dos ossos e músculos, ocupa o mais importante lugar entre os ajudantes de minha família. -- Testimonies for the Church 2:370 (1870). CRA 252 1 370. Alguns que aprendem a arte da costura, da composição, da revisão, da contabilidade ou do magistério, consideram-se demasiado aristocratas para se associarem com uma cozinheira. CRA 252 2 Essas idéias têm penetrado quase todas as classes da sociedade. A cozinheira é levada a sentir que sua ocupação é de molde a rebaixá-la na escala social, e que não deve esperar associar-se em nível de igualdade com a família. Surpreender-vos-eis então se moças inteligentes procuram outro emprego? Admira que haja tão poucas cozinheiras educadas? O que admira é que haja tantas que se submetam a esse tratamento. CRA 252 3 A cozinheira ocupa lugar importante na vida doméstica. Prepara o alimento a ser introduzido no estômago, a formar o cérebro, os ossos, os músculos. A saúde de todos os membros da família depende em grande parte de sua habilidade e inteligência. Os deveres domésticos nunca hão de receber a justa atenção enquanto os que os desempenham fielmente não forem tidos na devida consideração. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 74 (1890). CRA 252 4 371. Há muitas moças que se casaram e têm família, as quais pouco conhecimento prático têm dos deveres que recaem sobre a esposa e mãe. Sabem ler, e tocar um instrumento de música; mas não sabem cozinhar. Não sabem fazer bom pão, o que é muito necessário à saúde da família. ... Cozinhar bem, pôr sobre a mesa alimento saudável de modo convidativo, requer inteligência e experiência. A pessoa que prepara o alimento que vai ser introduzido em nosso estômago, para ser convertido em sangue que vai nutrir o organismo, ocupa posição importantíssima e elevada. A posição de copista, modista ou professora de música não tem a importância da de cozinheira. -- Testimonies for the Church 3:156-158 (1873). É dever de toda mulher tornar-se eficiente cozinheira CRA 252 5 372. Muitas vezes nossas irmãs não sabem cozinhar. A essas, eu diria: Eu iria à melhor cozinheira da região, e ficaria, se necessário, semanas até que me tornasse senhora dessa arte -- uma cozinheira inteligente e capaz. Eu seguiria esse curso, caso tivesse quarenta anos. É dever vosso saber cozinhar, e cumpre-vos também o dever de ensinar vossas filhas a cozinhar. Enquanto lhes estais ensinando a arte culinária, estais construindo-lhes em torno uma barreira que a protegerá da leviandade e do vício em que de outro modo seriam tentadas a cair. -- Testimonies for the Church 2:370 (1870). CRA 253 1 373. Para aprender a cozinhar, as mulheres devem estudar, e depois transformar pacientemente o que aprenderam em prática. O povo sofre por não se dar ao trabalho de assim fazer. Digo a esses: É tempo de se despertarem suas adormecidas energias, e buscarem informações. Não pensem ser perdido o tempo empregado em adquirir inteiro conhecimento e experiência no preparo de alimento são e apetecível. Não importa quão longa haja sido sua experiência na cozinha, se ainda têm a responsabilidade de uma família, cumpre-lhes o dever de aprender a dela cuidar devidamente. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 49; Conselhos Sobre Saúde, 117 (1890). Homens e mulheres aprendam a cozinhar CRA 253 2 374. Muitos dos que adotam a reforma alimentar se queixam de que não se dão bem com ela; depois de sentar-me à sua mesa, porém, chego à conclusão de que não é a reforma que tem a culpa, mas a comida deficientemente preparada. Apelo para homens e mulheres a quem Deus deu inteligência: Aprendam a cozinhar. Não cometo nenhum erro quando digo "homens", pois eles, da mesma maneira que as mulheres, precisam compreender o preparo simples e saudável do alimento. Suas ocupações levam-nos muitas vezes a lugares onde não lhes é possível obter comida saudável. Poderão ser chamados a passar dias e até semanas entre famílias inteiramente ignorantes a esse respeito. Então, caso possuam o conhecimento, poderão usá-lo bem. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 56, 57; Conselhos Sobre Saúde, 155 (1890). Estudar revistas sobre saúde CRA 253 3 375. Os que não sabem cozinhar saudavelmente, devem aprender a combinar bons e nutritivos artigos de alimentação de maneira a prepararem pratos apetitosos. Assinem, os que desejam adquirir conhecimento nesse sentido, nossas revistas de saúde. Encontrarão nelas informações a esse respeito. CRA 254 1 Sem exercer contínuo engenho, ninguém pode primar na cozinha saudável, mas aqueles cujo coração se acha aberto às impressões e sugestões vindas do grande Mestre aprenderão muitas coisas, e serão também capazes de ensinar a outros; pois Ele lhes dará habilidade e compreensão. -- Carta 135, 1902. Estimular o desenvolvimento do talento individual CRA 254 2 376. É desígnio divino que em toda parte homens e mulheres sejam animados a desenvolver seus talentos pelo preparo de alimentos saudáveis dos produtos em estado natural, oriundos da sua própria região do país. Se recorrerem a Deus, exercendo perícia e habilidade sob a guia do Seu Espírito, aprenderão a transformar em alimentos saudáveis os produtos em estado natural. Conseguirão, dessa forma, ensinar os pobres a proverem-se de alimentos que substituirão a alimentação cárnea. Os que assim forem auxiliados, poderão por sua vez instruir outros. Semelhante trabalho será, ainda, feito com zelo e energia consagrados. Caso houvesse sido feito anteriormente, haveria hoje muitas mais pessoas na verdade, e muitas mais que poderiam ministrar instruções. Aprendamos qual é o nosso dever, e depois façamo-lo. Não devemos ficar na dependência de outros e incapacitados, confiando noutros para o trabalho que Deus nos confiou a nós. -- Testemunhos Selectos 3:136, 137 (1902). Um brado por escolas de arte culinária CRA 254 3 377. Em ligação com nossos sanatórios e escolas deve haver escola de arte culinária, onde se dêem instruções quanto ao preparo apropriado do alimento. Em todos os nossos colégios deve haver pessoas aptas a prepararem os alunos, tanto rapazes como moças, na arte culinária. Especialmente as mulheres devem aprender a cozinhar. -- Manuscrito 95, 1901. CRA 254 4 378. Pode-se prestar um bom serviço ensinando o povo a preparar comida saudável. Este ramo de trabalho é tão essencial como qualquer outro que se possa empreender. Devem-se estabelecer mais escolas de arte culinária, e alguns deveriam trabalhar de casa em casa, dando instruções nessa arte de preparar alimento saudável. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. A reforma de saúde e a boa cozinha CRA 255 1 379. Uma das razões por que muitos têm ficado desanimados na prática da reforma de saúde é não haverem aprendido a cozinhar de maneira que a comida conveniente, preparada de maneira simples, suprisse o lugar do regime a que estavam acostumados. Ficam desgostosos com os pratos deficientemente preparados, e ouvimo-los em seguida dizer que tentaram a reforma de saúde, e não podem viver dessa maneira. Muitos tentam seguir insuficientes instruções quanto a essa reforma, e fazem obra tão deficiente, que resulta em prejuízo para a digestão, e desânimo para todos os que se acham envolvidos na tentativa. Professais ser reformadores no que diz respeito à saúde, e por esta mesma razão deveis tornar-vos bons cozinheiros, Os que se podem aproveitar das vantagens de escolas de arte culinária vegetariana convenientemente dirigidas, verificarão ser isto de grande benefício, tanto para seu próprio uso como para ensinar a outros. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 119; Conselhos Sobre Saúde, 450, 451 (1890). Mudança do regime cárneo CRA 255 2 380. Aconselhamos-vos a mudar vossos hábitos de vida; ao passo, porém, que isto se fizer, advertimos-vos a fazê-lo sabiamente. Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago o aborrece, e depois me disseram que a reforma de saúde não lhes vai bem; que se estavam enfraquecendo. Aí está uma razão por que alguns não foram bem-sucedidos em seus esforços para simplificar a comida. Usam um regime sem nutrição. A comida é preparada sem capricho, e comem continuamente a mesma coisa. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas todas as refeições não devem constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. Deveis evitar a gordura. Ela prejudica qualquer espécie de prato que prepareis. Comei abundância de frutas e verduras. -- Testimonies for the Church 2:63 (1868); Testemunhos Selectos 1:194, 195. CRA 256 1 381. O devido preparo do alimento é importantíssima consecução. Especialmente onde a carne não constitui artigo principal de alimentação, é o bom preparo da comida requisito essencial. Importa preparar-se alguma coisa que substitua a carne, e esses substitutos precisam ser bem preparados, de maneira que a carne não seja desejada. -- Carta 60a, 1896. CRA 256 2 382. É positivo dever do médico educar, educar, educar, pela pena e pela voz, todos quantos tenham a responsabilidade de preparar o alimento para a mesa. -- Carta 73a, 1896. CRA 256 3 383. Necessitamos de pessoas que se eduquem no preparo saudável do alimento. Muitos há que sabem cozinhar carnes e verduras por diferentes formas, e que ainda não compreendem o preparo simples de pratos apetitosos. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. A cozinha deficiente causa de enfermidade CRA 256 4 384. Por falta de conhecimento e habilidade quanto à cozinha, muita esposa e mãe põe diariamente diante da família comida mal preparada, que está firme e seguramente desequilibrando os órgãos digestivos, e produzindo uma pobre qualidade de sangue; o resultado -- freqüentes ataques de doenças inflamatórias, e morte por vezes. ... CRA 256 5 Podemos ter variedade de comida boa e saudável, preparada de maneira saudável, de maneira que seja aprazível a todos. É de importância vital saber cozinhar bem. A cozinha deficiente causa doenças e mau humor; o organismo fica desarranjado, e não se podem perceber as coisas celestiais. Há mais religião na boa cozinha do que podeis imaginar. Quando, por vezes, tenho estado ausente de casa, conheci que o pão que se achava na mesa, bem como a maior parte dos alimentos me fariam mal; mas fui obrigada a comer um pouco a fim de sustentar-me. É pecado aos olhos de Deus fazer comida dessa espécie. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 156-158 (1890). Epitáfios apropriados CRA 257 1 385. A comida deficiente, mal cozida, estraga o sangue, por enfraquecer os órgãos que o preparam. Isto desarranja o organismo, trazendo doenças, com seu cortejo de nervos irritados e mau gênio. As vítimas da deficiência culinária contam-se aos milhares e dezenas de milhares. Sobre muitos túmulos se poderia gravar: "Morto devido à má cozinha"; "Morto por maus tratos infligidos ao estômago." Almas perdidas em conseqüência da cozinha deficiente CRA 257 2 É um sagrado dever para os que cozinham o saber preparar alimento saudável. Muitas almas se perdem em razão de um modo errôneo de preparar a comida. Exige reflexão e cuidado o fazer um bom pão; há, porém, mais religião num pão bem feito do que muitos pensam. Na verdade há poucas boas cozinheiras. As jovens entendem ser coisa servil cozinhar e fazer outros serviços domésticos; e, por isso muitas moças que se casam e têm cuidado de família, pouca idéia possuem dos deveres que impendem sobre a esposa e mãe. Não é ciência insignificante CRA 257 3 Cozinhar não é ciência desprezível, porém uma das mais essenciais na vida prática. É uma arte que todas as mulheres deviam aprender, devendo ser ensinada de um modo que beneficiasse às classes mais pobres. Fazer comida apetecível e ao mesmo tempo simples e nutritiva, requer habilidade; pode no entanto ser feito. As cozinheiras devem saber preparar alimento simples, de maneira simples e saudável, e de modo que seja mais apetecível e mais são, justo por causa de sua simplicidade. CRA 257 4 Toda mulher que se encontra à testa de uma família e ainda não entende da arte da cozinha saudável, deve decidir aprender aquilo que é tão essencial ao bem-estar de sua casa. Em muitos lugares, escolas de cozinha saudável oferecem ensejo de uma pessoa se instruir nesse sentido. Aquela que não tem o auxílio de tais facilidades, deve tomar instruções com uma boa cozinheira, perseverando em seus esforços por se aperfeiçoar até se tornar senhora da arte culinária. -- A Ciência do Bom Viver, 302, 303 (1905). Estudai economia CRA 258 1 386. Em todo ramo de cozinha a questão a ser considerada, é: "Como preparar a comida pela maneira mais natural e menos dispendiosa?" E deve haver atento cuidado para que os restos do alimento que sobram da mesa não sejam desperdiçados. Refleti na maneira de fazer com que essas sobras não se percam. Essa habilidade, economia e tato equivalem a uma fortuna. Nas partes mais quentes da estação, preparai menos comida. Usai mais substâncias secas. Há muitas famílias pobres que, se bem que mal tenham o suficiente para comer, podem muitas vezes ser esclarecidas quanto à razão de serem pobres; há tantos jotas e tis desperdiçados! -- Manuscrito 3, 1897. Vidas sacrificadas ao comer segundo a moda CRA 258 2 387. Para muitos, o todo-absorvente objetivo da vida -- o que justifica todos os dispêndios de labor -- é aparecer segundo o último estilo. Educação, saúde e conforto são sacrificados no altar da moda. Mesmo no arranjo da mesa a moda e a exibição exercem sua maléfica influência. O preparo saudável do alimento torna-se questão secundária. O servir grande quantidade de pratos absorve tempo, dinheiro e sobrecarga de trabalho, sem efetuar bem algum. Pode ser da moda servir meia dúzia de pratos numa refeição, mas esse costume arruína a saúde. É um costume que homens e mulheres de bom senso devem condenar, tanto pelo preceito como pelo exemplo. Tende um pouco de consideração pela vida de vossa cozinheira. "Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido?" CRA 258 3 Em nossos dias, os deveres domésticos exigem quase todo o tempo da dona-de-casa. Quão melhor seria para a saúde da família, se os preparativos para a mesa fossem mais simples! Milhares de vidas são sacrificadas todos os anos nesse altar -- vidas que poderiam haver sido prolongadas, não fosse essa infindável rotina de deveres criados. Desce ao túmulo muita mãe que, se houvesse mantido hábitos simples, poderia viver para ser uma bênção no lar, na igreja e no mundo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 73 (1890). A escolha e preparo de alimentos é importante CRA 259 1 388. Não é absolutamente necessária a grande quantidade de pratos que se fazem. Tampouco deve haver qualquer regime deficiente, seja na qualidade seja na quantidade. -- Carta 72, 1896. CRA 259 2 389. É de importância que o alimento seja preparado com cuidado, para que o apetite, quando não pervertido, o possa saborear. Pelo fato de, por princípio, rejeitarmos carne, manteiga, pastéis de carne, especiarias, toucinho e o que irrita o estômago e destrói a saúde, não se deve dar nunca a idéia de que não tem muita importância o que comemos. -- Testimonies for the Church 2:367 (1870); Testemunhos Selectos 1:189. CRA 259 3 390. É pecado comer apenas para satisfazer o apetite, mas não se deve ser indiferente quanto à qualidade da comida, ou à maneira de prepará-la. Se a comida que comemos não é saborosa, o organismo não recebe tanta nutrição. O alimento deve ser cuidadosamente escolhido e preparado com inteligência e habilidade. -- A Ciência do Bom Viver, 300 (1905). O desjejum estereotipado CRA 259 4 391. Eu pagaria mais por uma cozinheira que por qualquer outra parte de meu trabalho. ... Caso essa pessoa não seja apta e não tenha capacidade para cozinhar, vereis, como tem acontecido conosco, o desjejum estereotipado -- mingau de milho, pão do padeiro e alguma espécie de molho, e isso é tudo, com exceção de um pouco de leite. Ora os que comem isso por meses, sabendo o que lhes vai ser posto adiante a cada refeição, chegam a recear a hora que devia ser interessante para eles, como o temido período do dia. Creio que não entendereis tudo isso a menos que o tenhais experimentado. Mas fico realmente perplexa a esse respeito. Devesse eu repetir os preparativos para vir a este lugar, diria: Dêem-me uma cozinheira de experiência, que tenha algumas faculdades inventivas, para preparar pratos simples e saudáveis, e que não desagradem ao apetite. -- Carta 19c, 1892. Estudar e praticar CRA 260 1 392. Muitos não acham que isto [cozinhar] seja uma questão de dever, e daí não tentam preparar devidamente o alimento. Este se pode fazer de maneira simples, saudável e fácil, sem banha, manteiga, ou carne. A habilidade deve unir-se à simplicidade. Para isso as mulheres precisam ler, e depois, com paciência, pôr em prática o que lêem. Muitos estão sofrendo porque não se dão ao trabalho de assim fazer. A esses, digo: É tempo de despertardes as energias adormecidas, e ler. Aprendei a cozinhar com simplicidade, e todavia de maneira a conseguir o alimento mais saboroso e saudável. CRA 260 2 Porque é errado cozinhar meramente visando agradar ao paladar, ou para satisfazer ao apetite, ninguém entretenha a idéia de ser direito um regime alimentar deficiente. Muitos se acham debilitados por doenças, e necessitam de um regime nutritivo, abundante e bem preparado. Importante ramo de educação CRA 260 3 É dever religioso para os que cozinham aprenderem a preparar alimento saudável em diferentes maneiras, de modo a serem ingeridos com prazer. As mães devem ensinar seus filhos a cozinhar. Que ramo da educação de uma jovem pode ser tão importante como esse? A comida tem que ver com a vida. O alimento escasso, empobrecido, mal preparado, está continuamente empobrecendo o sangue mediante o enfraquecimento dos órgãos que o fazem. É altamente essencial que a arte culinária seja considerada uma das mais importantes matérias na educação. Poucas são as boas cozinheiras. As jovens acham que é descer a uma baixa ocupação tornar-se cozinheira. Não é assim. Elas não encaram a questão do devido ponto de vista. O conhecimento acerca do preparo do alimento saudável, do pão em especial, não é ciência inferior. ... CRA 261 1 As mães negligenciam esse ramo na educação de suas filhas. Elas tomam sobre si o fardo do cuidado e do labor, esgotam-se rapidamente, enquanto a filha é desculpada para fazer visitas, crochê, ou considerar seu próprio prazer. Isso é um amor mal compreendido, mal compreendida bondade. A mãe está causando um dano a sua filha, dano que muitas vezes perdura para toda a vida. Na idade em que ela deve ser capaz de assumir algumas das responsabilidades da vida, acha-se inapta para elas. Essas não tomarão cuidados nem encargos. Andam ociosas, escusando-se de responsabilidades, enquanto a mãe verga ao peso de seus fardos e cuidados, como um carro sob os molhos. A filha não tenciona ser desamorável, mas é descuidosa e irrefletida, do contrário notaria o aspecto fatigado, e perceberia a expressão de dor no semblante de sua mãe, procurando então fazer sua parte, levar o maior peso da responsabilidade, aliviando a mãe, que precisa ser livre do cuidado, do contrário cairá no leito do sofrimento e, talvez, da morte. CRA 261 2 Por que serão as mães tão cegas e negligentes na educação de suas filhas? Tenho-me afligido ao visitar diferentes famílias, vendo as mães a carregar pesados encargos, ao passo que a filha, que manifestava vivacidade de espírito, e possuía boa dose de saúde e vigor, não sentia nenhum cuidado, nenhuma preocupação. Quando há grandes reuniões, e as famílias se acham sobrecarregadas com visitas, tenho visto a mãe suportando o fardo, tendo sobre si o cuidado de tudo, enquanto as filhas estão sentadas tagarelando com as jovens amigas, num intercâmbio social. Estas coisas se me afiguram tão erradas, que mal me posso conter de falar às irrefletidas moças e dizer-lhes que vão trabalhar. Aliviai vossa mãe fatigada. Conduzi-a a um lugar na sala, e insisti com ela para que descanse e frua a companhia de seus amigos. CRA 261 3 Mas as filhas não têm toda a culpa nessa questão. A mãe está em falta. Não ensinou pacientemente as filhas a cozinhar. Sabe que elas carecem de conhecimentos no que respeita à cozinha, e assim não sente alívio do labor. Precisa atender a tudo quanto requer cuidado, reflexão e atenção. As moças devem ser cabalmente instruídas na cozinha. Sejam quais forem suas circunstâncias na vida, aí está um conhecimento que pode ser posto em uso prático. É o ramo da educação que tem influência mais direta sobre a vida humana, especialmente daqueles que mais queridos nos são. CRA 262 1 Muita esposa e mãe que não teve a devida educação, e a quem falta habilidade na arte culinária, apresenta diariamente a sua família comida mal preparada, a qual vai firme e seguramente destruindo os órgãos digestivos, preparando deficiente qualidade de sangue, e trazendo com frequência ataques agudos de doença inflamatória, causando morte prematura. Estimular os que aprendem CRA 262 2 É um dever religioso para toda jovem e mulher cristã aprender imediatamente a fazer bom pão, não azedo mas leve, de farinha integral. As mães devem levar as filhas com elas para a cozinha, quando ainda bem jovens, ensinando-lhes a arte de cozinhar. Elas não podem esperar que suas filhas compreendam os mistérios dos cuidados domésticos sem serem educadas. Devem ensiná-las pacientemente, com amor, tornando o serviço o mais agradável possível por seu semblante satisfeito, e animadoras palavras de aprovação. Caso elas falhem uma, duas, ou três vezes, não as censurem. Já o desânimo está fazendo sua obra e tentando-as a dizer: "Não adianta; não consigo fazer isto." Esse não é o momento para censuras. A vontade está-se tornando fraca. Requer o estímulo de palavras que encorajem, animem, infundam esperança, como: "Não se importe com os erros que cometeu. Você está justo aprendendo, e é natural que erre. Experimente novamente. Firme o pensamento no que está fazendo, tome bastante cuidado, e vai certamente fazer bem." CRA 262 3 Muitas mães não avaliam a importância desse ramo de conhecimento, e de preferência a terem o aborrecimento e o cuidado de instruir as filhas e suportar-lhes os erros e enganos, enquanto aprendem, preferem fazer tudo elas próprias. E quando as filhas cometem um erro em seus esforços, mandam-nas embora com "não adianta, você não pode fazer isto ou aquilo. Só me embaraça e perturba mais do que me ajuda". CRA 262 4 Assim os primeiros esforços da aprendiz são repelidos, e o primeiro fracasso esfria por tal forma seu interesse e ardor para aprender, que ela teme outra experiência, e proporá costura, tricô, arrumação de casa, qualquer coisa que não seja cozinhar. Aí a mãe é grandemente culpada. Devia havê-la instruído pacientemente, para que, pela prática, ela obtivesse uma experiência que afastasse o acanhamento e remediasse os movimentos menos hábeis da obreira inexperiente. -- Testimonies for the Church 1:681-685 (1868). Mais necessárias as lições de cozinha que a música CRA 263 1 393. Alguns são chamados aos deveres considerados humildes -- talvez, cozinhar. A ciência culinária, porém, não é de pequena importância. O hábil preparo do alimento é uma das artes mais essenciais, ocupando lugar superior ao ensino da música ou à costura. Com isto não quero diminuir o ensino da música, ou a costura, pois são essenciais. Mais importante ainda, porém, é a arte de preparar comida de maneira que seja a um tempo saudável e saborosa. Esta arte deve ser considerada como a mais valiosa de todas as artes, visto se achar tão ligada com a vida. Ela deve receber mais atenção; pois para formar bom sangue, o organismo necessita de bom alimento. O fundamento do que conserva o povo de boa saúde é a obra médico-missionária da boa cozinha. CRA 263 2 Muitas vezes a reforma de saúde é tornada deforma-saúde em razão do preparo de comida intragável. A falta de conhecimento relativamente à cozinha saudável, precisa ser remediada antes de a reforma de saúde chegar a ser bem-sucedida. CRA 263 3 Poucas são as boas cozinheiras. Muitas, muitas mães necessitam tomar lições de cozinha, a fim de poderem pôr diante da família alimento bem preparado e corretamente servido. CRA 263 4 Antes de os filhos tomarem lições de órgão e piano, deviam recebê-las de cozinha. O trabalho de aprender a cozinhar não precisa excluir a música, mas este aprendizado é de menos importância que o aprender a preparar alimento saudável e apetitoso. -- Manuscrito 95, 1901. CRA 263 5 394. Vossas filhas podem amar a música, e isto pode estar muito bem e aumentar a felicidade da família; mas o conhecimento da música sem o da arte de cozinhar não vale muito. Quando vossas filhas tiverem sua própria família, certo conhecimento de música e de trabalhos de fantasia não proverão a mesa de um bem preparado almoço, feito com esmero, de modo que não se envergonhem de o pôr diante de seus mais estimados amigos. Mães, sagrada é a vossa obra. Que Deus vos ajude a empreendê-la tendo em vista Sua glória, trabalhando zelosa, paciente e amorosamente para o presente e o futuro bem de vossos filhos, visando unicamente a glória de Deus. -- Testimonies for the Church 2:538, 539 (1870). Ensinar os mistérios da arte culinária CRA 264 1 395. Não negligencieis ensinar vossas filhas a cozinhar. Assim fazendo, comunicais-lhes princípios que elas precisam possuir em sua educação religiosa. Ao dardes a vossos filhos lições de fisiologia, e ensinar-lhes a cozinhar com simplicidade e todavia com perícia, estais pondo o fundamento para os mais úteis ramos de educação. Requer habilidade fazer pão leve e bom. Há religião em cozinhar bem, e ponho em dúvida a religião dos que são demasiado ignorantes e descuidosos para aprender a cozinhar. ... CRA 264 2 A cozinha deficiente vai lentamente enfraquecendo as energias vitais de milhares. É perigoso para a saúde e a vida comer em certas mesas o pão pesado, azedo, e a outra comida preparada de maneira idêntica. Mães, em vez de dar às vossas filhas preparo na música, instruí-as nesses ramos úteis que têm a mais íntima relação com a saúde. Ensinai-lhes todos os mistérios da cozinha. Mostrai-lhes que isto é parte de sua educação, e essencial para se tornarem cristãs. A menos que a comida seja preparada de maneira saudável, saborosa, não se pode converter em bom sangue, reconstruir os tecidos gastos. -- Testimonies for the Church 2:537, 538 (1870). ------------------------Capítulo 15 -- Alimentos saudáveis e restaurantes vegetarianos Do provedor celeste CRA 267 1 396. Da narração do milagre do Senhor, provendo vinho para as bodas, bem como do fato de alimentar a multidão, podemos aprender uma lição da mais alta importância. A produção de alimentos saudáveis em fábricas para isso destinadas é um dos instrumentos do Senhor para satisfazer a uma necessidade. O celeste Provedor de todo alimento não deixará Seu povo na ignorância quanto ao preparo das melhores comidas para todos os tempos e ocasiões. -- Testimonies for the Church 7:114 (1902); Obreiros Evangélicos, 363. Ser como o maná CRA 267 2 397. No decorrer da noite passada muitas coisas me foram reveladas. A confecção e venda de alimentos saudáveis requererá atenta consideração, acompanhada de oração. CRA 267 3 Há em muitos lugares muitas mentes a quem o Senhor por certo concederá o conhecimento da confecção de alimentos saudáveis e apetitosos, se Ele vir que irão usar esse conhecimento na maneira correta. Os animais estão se tornando mais e mais enfermos, e não demorará muito até que o alimento cárneo tenha que ser abandonado por muitos, além dos adventistas do sétimo dia. Devem ser preparados alimentos saudáveis e nutritivos, para que os homens e mulheres não tenham que comer carne. CRA 267 4 O Senhor ensinará a muitos, em toda parte do mundo, a combinar frutas, cereais e verduras numa alimentação que sustenha a vida e não produza doença. Os que nunca viram as receitas dos alimentos saudáveis que agora há a venda, procederão inteligentemente com experimentar os alimentos que a terra produz, e ser-lhes-á concedido entendimento no tocante a esses produtos. O Senhor lhes mostrará o que fazerem. Aquele que concede perícia e sabedoria ao Seu povo numa parte do mundo, concederá perícia e sabedoria ao Seu povo noutras partes do mundo. E Seu desígnio que as preciosidades alimentares de cada país sejam preparadas de forma tal que possam ser usadas nos países a que se destinam. Assim como Deus forneceu do Céu o maná para o sustento dos filhos de Israel, também dará ao Seu povo, em diferentes lugares, perícia e sabedoria para usarem os produtos desses países no preparo de alimentos que substituam a carne. -- Testimonies for the Church 7:124, 125 (1902); Testemunhos Selectos 3:132. CRA 268 1 398. O mesmo Deus que deu aos filhos de Israel maná do Céu, vive e reina. Ele dará habilidade e compreensão no preparo de alimentos saudáveis. Guiará Seu povo no preparo de comidas sãs. Deseja que eles vejam o que podem fazer no preparo de tais comidas, não somente para a própria família, sua primeira responsabilidade, mas para auxílio dos pobres. Devem mostrar liberalidade cristã, compreendendo que representam a Deus, e que tudo quanto possuem é dádiva Sua. -- Carta 25, 1902. Conhecimento divinamente inspirado CRA 268 2 399. O Senhor quer que seja comunicado a Seu povo conhecimento da reforma do regime. É parte essencial da educação a ser ministrada em nossas escolas. Ao ser a verdade apresentada em novos lugares, devem ser dadas lições quanto à maneira saudável de cozinhar. Ensine-se ao povo como podem viver sem comida de carne. Ensine-se a simplicidade no viver. CRA 268 3 O Senhor tem estado a operar, e opera ainda para levar os homens a preparar com frutas e cereais comidas mais simples e menos dispendiosas que muitas das que se podem obter hoje. Muitos não podem conseguir essas dispendiosas preparações alimentares, todavia não precisam necessariamente viver de um regime empobrecido. O mesmo Deus que alimentou os milhares no deserto com pão do Céu, dará a Seu povo hoje conhecimento quanto ao preparo de alimento por maneira simples. -- Manuscrito 96, 1905. CRA 268 4 400. Ao chegar a mensagem aos que não haviam ouvido a verdade para este tempo, eles vêem que se precisa efetuar uma grande reforma em seu regime alimentar. Vêem que devem abandonar os alimentos cárneos, porque os mesmos suscitam a sede das bebidas alcoólicas, e enchem o organismo de moléstias. Pelo comer carne, são enfraquecidas as faculdades físicas, mentais e morais. O homem é constituído daquilo que come. As paixões animais adquirem domínio em resultado da alimentação cárnea, do uso do fumo e das bebidas alcoólicas. O Senhor dará sabedoria a Seu povo para preparar daquilo que a terra proporciona, alimentos que tomem o lugar da carne. Combinações simples de nozes e cereais e frutas, preparadas com sabor e habilidade, recomendar-se-ão aos incrédulos. Mas comumente se usam demasiadas nozes nas combinações feitas. -- Manuscrito 156, 1901. Simples, facilmente preparadas, saudáveis CRA 269 1 401. Preciso dar agora a meus irmãos as instruções que o Senhor me deu relativamente à questão do alimento saudável. Essa questão alimentar é considerada por muitos como invenção humana, mas é de origem divina, como bênção a Seu povo. A obra do alimento saudável é propriedade de Deus, e não deve ser tornada uma especulação financeira para ganho pessoal. A luz dada por Deus -- e que Ele continuará a dar -- quanto à questão alimentar, deve ser para Seu povo hoje o que o maná foi para o povo de Israel. O maná caía do Céu, e foi dito ao povo que o colhesse, e preparasse para ser comido. Assim, nos diferentes países do mundo, será comunicada luz ao povo do Senhor, e serão preparados alimentos saudáveis adequados a esses países. CRA 269 2 Os membros de toda igreja devem cultivar o tato e habilidade que Deus lhes der. O Senhor tem habilidade e entendimento para todos quantos usarem sua capacidade em esforçarem-se para aprender a combinar os produtos da terra de modo a fazerem comidas saudáveis simples e facilmente preparadas, as quais tomarão o lugar do alimento cárneo, de maneira que o povo não tenha desculpas para comer carne. CRA 269 3 Aqueles a quem é dado conhecimento acerca do preparo desses alimentos, precisam usar seu conhecimento de maneira desinteressada. Cumpre-lhes ajudar seus irmãos pobres. Devem ser produtores da mesma maneira que consumidores. CRA 269 4 É desígnio de Deus que os alimentos saudáveis sejam manufaturados em muitos lugares. Os que aceitam a verdade devem aprender a preparar esses alimentos simples. Não é plano do Senhor que os pobres sofram por causa dos artigos necessários à vida. O Senhor apela a Seu povo nos vários países para que Lhe peçam sabedoria, e depois usem-na devidamente. Não nos devemos assentar em desespero e desânimo. Cumpre-nos fazer o possível para esclarecer os outros. -- Manuscrito 78, 1902. Mais simples e menos dispendioso CRA 270 1 402. Podem-se fazer a muitos respeitos aperfeiçoamentos nos saudáveis artigos alimentícios que saem de nossas fábricas. O Senhor ensinará Seus servos a fazerem preparações alimentícias mais simples e menos dispendiosas. Muitos há a quem Ele ensinará nesse sentido, uma vez que eles andem segundo Seu conselho, e em harmonia com seus irmãos. -- Testimonies for the Church 7:127, 128 (1902). CRA 270 2 403. Negociai com alimentos muito menos dispendiosos, e que, preparados de maneira nutritiva, corresponderá a todo desígnio. ... Esforçai-vos por produzir preparações menos custosas de cereais e frutas. Todas essas nos são dadas abundantemente por Deus para suprir-nos as necessidades. A saúde não é assegurada pelo uso de preparações caras. Podemos ter igualmente boa saúde usando as preparações simples de frutas, cereais e verduras. -- Manuscrito 75, 1906. CRA 270 3 404. Compete-nos ser sábios no preparo de alimentos saudáveis, simples e baratos. Muitos dentre o nosso povo são pobres, e devem ser produzidos alimentos saudáveis que possam ser supridos a preços que estejam ao seu alcance. É desígnio do Senhor que as pessoas mais pobres de cada lugar se supram de alimentos saudáveis e baratos. Em muitos lugares deverão ser instaladas indústrias para fabricação desses alimentos. O que constitui uma bênção para a obra num lugar, sê-lo-á também noutro, onde o dinheiro é mais difícil de ganhar. CRA 270 4 Deus está atuando em favor de Seu povo. Ele não quer que fiquem sem recursos. Está reconduzindo-os ao regime alimentar fornecido originalmente ao homem. Esse regime deve consistir em alimentos feitos com produtos que Ele proveu. Os produtos principais usados na fabricação desses alimentos serão frutas, cereais e frutos oleaginosos, mas várias raízes também serão usadas. -- Testimonies for the Church 7:125, 126 (1902); Testemunhos Selectos 3:133. À medida que aumenta a fome, simplificar-se-ão os alimentos CRA 271 1 405. A questão do alimento ainda não atingiu à perfeição. Resta ainda muito por aprender nesse sentido. O Senhor deseja que a mente de Seu povo em todo o mundo esteja em tal condição que eles recebam Suas impressões com relação à combinação de certos artigos na produção de alimentos, os quais serão necessários, mas ainda não são produzidos. CRA 271 2 À medida que a fome, a carência e aflição aumentarem mais e mais no mundo, será grandemente simplificada a produção dos alimentos saudáveis. Os que se empenham nessa obra devem aprender constantemente do grande Mestre, que ama Seu povo, e tem sempre em vista o seu bem. -- Manuscrito 14, 1901. A lição de Cristo quanto à economia CRA 271 3 406. Muito depende dessa obra. Os produtos saudáveis da terra precisam ser experimentados num esforço de fazer alimentos saudáveis e baratos. CRA 271 4 O negócio dos artigos alimentícios precisa ser objeto de fervorosa oração. Peça o povo a Deus sabedoria para preparar alimentos bons para a saúde. Aquele que alimentou os cinco mil com cinco pães e dois peixes, suprirá as necessidades de Seus filhos hoje. Depois de Cristo haver realizado esse maravilhoso milagre, deu uma lição de economia. Havendo sido satisfeita a necessidade da multidão, disse: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca". João 6:12. "Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos." -- Carta 27, 1902. Alimentos de produtos locais em terras diferentes CRA 271 5 407. O Senhor dará a muitos, em diferentes lugares, inteligência com respeito aos alimentos saudáveis. Ele pode estender uma mesa no deserto. Artigos alimentícios saudáveis devem ser preparados por nossas igrejas que buscam praticar os princípios da reforma de saúde. Mas tão certo quanto é deverem eles fazer isto, é alguns dizerem que eles estão infringindo os seus direitos. Mas quem lhes deu sabedoria para preparar esses alimentos? -- O Deus do Céu. Esse mesmo Deus dará sabedoria a Seu povo nos diferentes países para usarem os produtos dali no preparo de alimentos saudáveis. De maneiras simples e pouco dispendiosas, nosso povo deve experimentar o emprego de frutas, cereais e tubérculos nos países em que residem. Nos vários países devem-se fabricar saudáveis artigos alimentícios por preços módicos para benefício dos pobres e das famílias de nosso próprio povo. CRA 272 1 A mensagem a mim dada por Deus, é que Seu povo em terras estrangeiras não deve depender, para sua manutenção, dos alimentos saudáveis, importados da América. O frete e o imposto tornam tão elevados os preços desses artigos, que os pobres, tão preciosos aos olhos de Deus como os ricos, não se podem aproveitar dos mesmos. CRA 272 2 Os alimentos benéficos à saúde são produtos de Deus, e Ele ensinará Seu povo nos campos missionários a combinar de tal maneira os artigos da terra, que sejam providos alimentos simples, baratos e bons para a saúde. Caso busquem sabedoria de Deus, Ele os ensinará a planejar e idealizar a utilização desses produtos. Fui instruída a dizer: Não lho proibais. -- Manuscrito 40, 1902. Alimentos saudáveis devem preceder aspectos mais avançados da reforma de saúde CRA 272 3 408. No país em que estais trabalhando há muito a aprender relativamente ao preparo de alimentos saudáveis. Artigos comestíveis perfeitamente saudáveis e todavia de preços módicos devem ser feitos. Deve-se pregar o evangelho da saúde aos pobres. Na manufatura desses alimentos, abrir-se-ão caminhos para aqueles que aceitam a verdade e perdem o emprego, poderem ganhar o sustento. Os produtos proporcionados por Deus devem ser transformados em alimentos saudáveis que o povo possa preparar para si. Poderemos então apresentar apropriadamente os princípios da reforma de saúde, e os que ouvirem serão convencidos da coerência desses princípios, e aceitá-los-ão. Até que nos seja possível apresentar os alimentos apetecíveis e nutritivos em harmonia com a reforma de saúde, e todavia baratos, não estamos na liberdade de apresentar aspectos mais avançados da reforma de saúde no regime dietético. -- Carta 98, 1901. CRA 273 1 409. Onde quer que a verdade for proclamada, deve ser ministrada instrução quanto ao preparo de alimentos saudáveis. Deus quer que em todo lugar o povo seja ensinado a usar judiciosamente os produtos que podem ser encontrados com facilidade. Instrutores peritos devem mostrar ao povo a utilização, para seu maior proveito, dos produtos que podem produzir ou conseguir na sua região do país. Assim, tanto os pobres como os que estão em melhores condições, poderão aprender a viver com boa saúde. -- Testimonies for the Church 7:132 (1902); Testemunhos Selectos 3:136. Ingredientes de nozes devem ser usados parcimoniosamente CRA 273 2 410. O Senhor quer que o povo em toda parte do mundo se torne inteligente quanto ao emprego dos produtos do solo em toda localidade. Estes devem ser estudados e cuidadosamente investigados a ver se não podem ser combinados de maneira a simplificar a produção de alimentos e diminuir o custo da manufatura e do transporte. Façam todos o possível, sob a direção do Senhor, para realização desse objetivo. Há muitos artigos dispendiosos de alimentação que o engenho do homem pode combinar; e todavia não há real necessidade de empregar as preparações mais caras. CRA 273 3 Chegou-me às mãos três anos atrás, uma carta dizendo: "Não posso comer alimentos com nozes; meu estômago não os pode digerir." Foram-me então apresentadas várias receitas; uma era de que se precisava combinar outros ingredientes com as nozes, os quais se harmonizassem com elas, não empregando tão grande porção das mesmas. De uma décima a uma sexta parte de nozes seria suficiente, de acordo com a combinação. Experimentamos isto, e com bom êxito. Bolachas doces CRA 274 1 Foram mencionadas outras coisas. Uma delas foram os biscoitos adocicados. São feitos porque alguém deles gosta, e então são adquiridos por muitos que os não deveriam comer. Há ainda muitos melhoramentos a fazer, e Deus trabalhará com todos quantos com Ele operarem. -- Carta 188, 1901. CRA 274 2 411. Grande cuidado deve ser exercido pelos que preparam receitas para as nossas revistas de saúde. Alguns dos alimentos especiais que são agora preparados poderão ser melhorados, e os nossos planos referentes ao seu uso terão que ser alterados. Algumas pessoas têm abusado dos pratos que contêm frutos oleaginosos. Algumas me têm escrito, dizendo: "Não podemos usar alimentos que contenham frutos oleaginosos; que deverei usar em substituição da carne?" Uma noite me pareceu estar perante um grupo de pessoas, dizendo-lhes que as nozes são por elas usadas em quantidade demasiada no preparo dos alimentos; que o organismo não as pode suportar quando usadas na quantidade em que aparecem em certas receitas apresentadas; e que, se fossem usadas em menor quantidade os resultados seriam mais satisfatórios. -- Testimonies for the Church 7:126 (1902); Testemunhos Selectos 3:133. Serviço de restaurante vegetariano em reuniões campais CRA 274 3 412. Devem-se fazer arranjos em nossas reuniões campais, de maneira que os pobres possam obter alimento saudável, bem preparado, o mais barato possível. Deve haver também um restaurante em que se preparem e sirvam pratos saudáveis de maneira convidativa. Isto se demonstrará uma educação para muitos que não pertencem a nossa fé. Não seja considerado esse ramo de trabalho de reunião campal como separado de outros. Cada ramo da obra de Deus se acha estreitamente ligado a todo outro ramo, devendo todos avançar em perfeita harmonia. -- Testimonies for the Church 7:41 (1902). CRA 274 4 413. Em nossas cidades, obreiros interessados tomarão conta de vários ramos de obra missionária. Estabelecer-se-ão restaurantes vegetarianos. Mas com que cuidado deve essa obra ser feita! Os que trabalham nesses restaurantes devem estar fazendo contínuas experiências, a fim de aprenderem a preparar comidas saborosas e saudáveis. Todo restaurante vegetariano deve ser uma escola para os obreiros com ela relacionados. Nas cidades, esse ramo de trabalho pode ser feito em escala muito mais ampla que nos lugares menores. Mas em todo lugar em que houver uma igreja e uma escola primária, devem-se dar instruções quanto ao preparo de comida simples e saudável para uso dos que desejam viver em harmonia com os princípios da reforma de saúde. E em todos os nossos campos missionários pode ser realizado trabalho idêntico. -- Manuscrito 79, 1900. Nossos restaurantes devem manter os princípios CRA 275 1 414. Necessitais guardar-vos constantemente contra a introdução disto e daquilo que, se bem que aparentemente inofensivo, levaria ao sacrifício dos princípios que devem ser sempre mantidos na obra de nossos restaurantes. ... Não devemos esperar que aqueles que toda a sua vida condescenderam com o apetite compreendam a maneira de preparar alimento que seja imediatamente saudável, apetecível e simples. Esta é a ciência que todo sanatório e restaurante vegetariano tem de ensinar. ... CRA 275 2 Caso o patrocínio a nossos restaurantes diminua em virtude de nos recusarmos a afastar-nos dos retos princípios, que diminua. Precisamos observar o caminho do Senhor tanto por má fama como por boa fama. CRA 275 3 Apresento-vos estas coisas em minhas cartas a fim de ajudar-vos a apegar-vos ao direito e a rejeitar o que não podemos introduzir em nossos sanatórios e restaurantes sem sacrificar princípios. -- Carta 201, 1902. Evitai combinações complexas CRA 275 4 415. Em todos os restaurantes em nossas cidades, há perigo de que as combinações de muitas comidas nos pratos servidos sejam levadas demasiado longe. O estômago sofre quando tantas qualidades de alimento são nele introduzidas em uma refeição. A simplicidade é parte da reforma de saúde. Há risco de que nossa obra deixe de merecer o nome que tem tido. CRA 275 5 Se quisermos trabalhar pela restauração da saúde, é necessário refrear o apetite, comer devagar e apenas limitada variedade de cada vez. Esta instrução necessita ser repetida com frequência. Não está em harmonia com os princípios da reforma de saúde ter muitos pratos diferentes numa só refeição. Nunca devemos esquecer que é a parte religiosa da obra, a obra de prover alimento para a alma, que é a mais essencial. -- Carta 271, 1905. A missão dos restaurantes vegetarianos CRA 276 1 416. Foi-me apresentado que não devíamos ficar satisfeitos por termos um restaurante vegetariano no Brooklyn, mas que outros devem ser estabelecidos em outras seções da cidade. O povo que mora numa parte de Nova Iorque não sabe o que se está passando em outras partes daquela grande cidade. Homens e mulheres que comem nos restaurantes estabelecidos em diferentes lugares, virão a perceber uma melhora na saúde. Uma vez conquistada sua confiança, serão mais prontos a aceitar a mensagem especial da verdade vinda de Deus. CRA 276 2 Onde quer que a obra médico-missionária seja levada avante em nossas grandes cidades, devem-se estabelecer escolas de arte culinária; e onde quer que esteja em andamento uma vigorosa obra educativo-missionária, deve estabelecer-se um restaurante vegetariano de qualquer espécie, que dê uma ilustração prática da apropriada seleção e do preparo saudável de alimentos. -- Testimonies for the Church 7:55 (1902). CRA 276 3 417. O Senhor tem uma mensagem para as nossas cidades, e essa mensagem devemos proclamar em nossas reuniões campais, e por outras campanhas públicas, assim como por nossas publicações. Além disso, devem estabelecer-se restaurantes vegetarianos nas cidades, e por eles deve ser proclamada a mensagem da temperança. Devem-se fazer arranjos para realizar reuniões em conexão com os nossos restaurantes. Sempre que possível, proveja-se um recinto aonde os fregueses possam ser convidados para assistirem a conferências sobre a ciência da saúde e temperança cristã, onde recebam instrução sobre o preparo de alimento saudável, e sobre outros assuntos importantes. Nessas reuniões deve haver orações e cânticos e palestras, não somente quanto a assuntos de saúde e temperança, mas também acerca de outros apropriados temas bíblicos. Enquanto o povo é instruído acerca da maneira de conservar a saúde física, muitas oportunidades se oferecerão de semear as sementes do evangelho do reino. -- Steps to Christ, 138 (1902); Testimonies for the Church 7:115. O objetivo final da obra de alimentos saudáveis CRA 277 1 418. Quando dirigido de maneira que o evangelho de Cristo seja levado à atenção do povo, a obra do alimento saudável pode proveitosamente ser empreendida. Ergo a voz, porém, em advertência contra esforços que nada realizem além da produção de alimentos para suprir as necessidades físicas. E sério erro empregar tanto tempo e tanto dos talentos de homens e mulheres no preparo de alimentos, enquanto esforço algum é feito ao mesmo tempo a fim de suprir às multidões o pão da vida. Grandes riscos acompanham uma obra que não tenha como objetivo a revelação do caminho da vida eterna. -- Manuscrito 10, 1906. ------------------------Capítulo 16 -- Regime dietético nos sanatórios Cuidado racional e boa alimentação CRA 281 1 419. Cumpre estabelecerem-se instituições, onde os que estão sofrendo enfermidades sejam colocados sob o cuidado de médicos-missionários tementes a Deus, sendo tratados sem drogas. A essas instituições irão os que trouxeram doenças sobre si mesmos mediante hábitos impróprios no comer e no beber, e deve ser proporcionado regime simples, saudável e apetecível. Não deve haver regime de fome. Artigos alimentícios saudáveis devem ser combinados de tal maneira que façam pratos saborosos. -- Manuscrito 50, 1905. CRA 281 2 420. Desejamos construir um sanatório onde as moléstias sejam curadas pelas próprias provisões da Natureza, e onde o povo seja ensinado a tratar-se a si mesmo quando doentes; onde aprendam a comer com temperança comida saudável, e sejam educados a recusar todos os narcóticos -- chá, café, vinhos fermentados, e estimulantes de toda espécie -- e a rejeitar a carne de animais mortos. -- Manuscrito 44, 1896. Responsabilidade de médicos, dietistas e enfermeiras CRA 281 3 421. É dever do médico ver que seja provido alimento benéfico à saúde, o qual deve ser preparado de maneira a não suscitar perturbações no organismo humano. -- Carta 112, 1909. CRA 281 4 422. Os médicos devem velar em oração, compreendendo que ocupam posição de grande responsabilidade. Devem prescrever para seus doentes a comida que melhor se lhes adapte. Esta comida deve ser preparada por uma pessoa que compreenda que ocupa posição de grande importância, porquanto a boa comida é exigida para formar bom sangue. -- Manuscrito 93, 1901. CRA 282 1 423. Parte importante dos deveres da enfermeira é o cuidado com a dieta do paciente. Não se permita que o doente sofra ou enfraqueça por falta de alimento, nem carregue em excesso os enfraquecidos órgãos da digestão. Tenha cuidado em preparar e servir comida agradável ao paladar, mas usando um sábio critério em a adaptar, tanto em quantidade como em qualidade, às necessidades do paciente. -- A Ciência do Bom Viver, 221 (1905). Buscar o conforto e a boa vontade do doente CRA 282 2 424. Aos doentes deve ser proporcionada abundância de alimento saudável e apetecível, preparado e servido de modo tão convidativo, que eles não tenham nenhuma tentação de desejar carne. As refeições devem ser tornadas um meio de educação na reforma de saúde. Importa haver cuidado nas combinações de alimentos a serem oferecidos aos doentes. É de grande valor o conhecimento quanto às apropriadas combinações na comida, e deve ser recebido como sabedoria vinda de Deus. CRA 282 3 As horas das refeições devem ser arranjadas de modo a que o doente sinta que os que têm o cargo da instituição agem com vistas a seu conforto e saúde. Então, ao deixarem a instituição, não levarão consigo o fermento do preconceito. Em caso algum deve ser seguida uma direção que dê ao doente a impressão de que o tempo das refeições foi fixado por leis inalteráveis. CRA 282 4 Se, dispensando a terceira refeição no sanatório, virdes pelos resultados que isto está afastando o povo da instituição, é claro o vosso dever. Cumpre-nos lembrar que, ao passo que há alguns que se sentem melhor comendo apenas duas refeições, outros há que, comem levemente em cada refeição, e sentem necessitar alguma coisa à tardinha. Deve ser ingerida comida suficiente para dar força aos nervos e aos músculos. E devemos lembrar que é do alimento ingerido que a mente obtém resistência. Parte da obra médico-missionária que nossos obreiros do sanatório devem realizar é mostrar o valor do alimento saudável. CRA 283 1 É certo que nem chá, nem café nem carne sejam servidos em nossos sanatórios. Para muitos, isto é uma grande mudança e rigorosa privação. Forçar outras mudanças, como seja a do número de refeições por dia, é provável em alguns casos causar mais danos que bem. -- Carta 213, 1902. Exigir apenas as mudanças necessárias nos hábitos e costumes CRA 283 2 425. Os que se acham ligados a esta instituição devem lembrar que Deus quer que eles cheguem aos doentes onde estes se encontram. Cumpre-nos ser a mão ajudadora de Deus no apresentar os grandes problemas da verdade para este tempo; e não devemos buscar interferir desnecessariamente nos hábitos e costumes daqueles que se encontram no sanatório como doentes e hóspedes. Muitos desses vêm a esse lugar retirado para ficar apenas algumas semanas. Forçá-los, por tão pouco tempo, a uma mudança nas horas de refeições, é sujeitá-los a grande inconveniência. Se assim fizerdes, verificareis, depois de provas, que cometestes um erro. Procurai o quanto possível conhecer os hábitos dos doentes, e não exijais que eles os mudem quando nada de especial é alcançado com isto. CRA 283 3 A atmosfera da instituição deve ser alegre e como de um lar, e o mais sociável possível. Os que vêm em busca de tratamento devem ser levados a sentir-se em casa. Mudanças abruptas relativamente às refeições os manterão em desassossegado estado mental. O resultado da interrupção de seus hábitos serão sentimentos de desconforto. Sua mente ficará perturbada, o que acarretará condições anormais pelas quais serão privados das bênçãos que de outro modo poderiam obter. Quando for necessário mudar-lhes os hábitos, fazei-o com tanto cuidado e de maneira tão agradável, que eles considerem a mudança como uma bênção e não um desconforto. ... CRA 283 4 Sejam vossos regulamentos tão coerentes que falem à razão mesmo dos que não foram educados de maneira a verem todas as coisas claramente. Enquanto vos esforçais por introduzir os renovadores e transformadores princípios da verdade na prática da vida dos que chegam ao sanatório em busca de melhoras para a saúde, fazei-os ver que não lhes é imposta nenhuma exação arbitrária. Não lhes deis nenhuma razão de sentir que são obrigados a seguir uma direção que não é de sua escolha. -- Carta 213, 1902. Fazer gradualmente as mudanças dietéticas CRA 284 1 426. Eu me achava, em horas da noite, conversando com vós ambos. Tinha algumas coisas a dizer-vos quanto à questão dietética. Falava francamente, dizendo-vos que teríeis de fazer mudanças em vossas idéias quanto ao regime alimentar dos que vêm do mundo ao sanatório. Essas pessoas têm vivido impropriamente de alimentos suculentos. Estão sofrendo em conseqüência de condescendências com o apetite. É necessária uma reforma em seus hábitos de comer e beber. Essa reforma, porém, não pode ser feita assim toda de uma vez. É preciso que se faça gradualmente. Os alimentos saudáveis postos diante deles precisam ser apetecíveis. Toda a sua vida, talvez, tiveram três refeições ao dia e comeram alimentos fortes. É coisa importante atingir essas pessoas com as verdades da reforma de saúde. Para levá-las, porém, a adotar um regime judicioso, precisam pôr-lhes adiante abundante provisão de alimento saudável, saboroso. As mudanças não devem ser feitas tão abruptamente que eles se desviem da reforma de saúde, em vez de a ela serem levados. A comida a eles servida precisa ser muito bem preparada, e mais forte do que vós ou eu comeríamos. ... CRA 284 2 Escrevo isto porque estou certa de que o Senhor tenciona que tenhais tato ao ir ao encontro do povo onde eles se encontram, em suas trevas e condescendência consigo mesmos. No que me diz respeito, pessoalmente, estou decididamente ao lado de um regime simples. Não será, porém, o melhor pôr doentes mundanos, condescendentes com o próprio eu, em um regime tão estrito que se desviem da reforma de saúde. Isto os não convencerá da necessidade de uma mudança em seus hábitos no comer e beber. Dizei-lhes os fatos. Educai-os a ver a necessidade de um regime simples, e fazei a mudança gradualmente. Dai-lhes tempo para corresponderem ao tratamento e às instruções a eles ministradas. Trabalhai e orai, e conduzi-os avante o mais brandamente possível. CRA 285 1 Lembro-me de uma vez em _____, quando, no sanatório ali, fui solicitada a sentar-me à mesa com os pacientes, e comer com eles, de modo a nos relacionarmos. Vi então que estava sendo cometido um decidido erro no preparo da comida. Esta era posta junta, por tal forma que ficava sem gosto, e não havia mais de dois terços do que era suficiente. Achei impossível fazer uma refeição que satisfizesse meu apetite. Procurei promover um nova ordem de coisas, e creio que as coisas melhoraram. A educação deve acompanhar a reforma CRA 285 2 Ao tratar com os doentes de nossos sanatórios, devemos raciocinar de causa para efeito. Precisamos lembrar que os hábitos e práticas de uma existência não podem ser mudados num momento. Com uma cozinheira inteligente, e abundante provisão de alimentos saudáveis, podem-se operar reformas bem-sucedidas. Mas talvez leve tempo o efetuá-las. Estrênuo esforço não deveria ser feito a menos que seja realmente exigido. Precisamos lembrar que a comida que seria apetecível para um adepto da reforma de saúde, poderia ser muito insípida para os que foram acostumados a comidas altamente condimentadas. Deveriam ser feitas palestras, explicando por que são essenciais as reformas no regime, e mostrando que o uso de alimentos grandemente temperados causa inflamação nas delicadas membranas dos órgãos digestivos. Mostre-se por que nós, como um povo, temos mudado nossos hábitos de comer e beber. Mostre-se por que rejeitamos o fumo e toda bebida intoxicante. Exponham-se clara e singelamente os princípios da reforma de saúde, e com isto, ponha-se na mesa abundância de alimento saudável, preparado de maneira saborosa; e o Senhor vos ajudará a tornar impressiva a urgência da reforma de saúde, e levá-los-á a ver que a reforma é para seu máximo bem. Eles sentirão falta de sua comida grandemente temperada, à qual têm estado habituados, mas é preciso fazer um esforço para oferecer-lhes alimento que seja tão saudável e tão apetitoso que deixem de sentir falta dos pratos nocivos. Mostrai-lhes que os tratamentos que lhes são ministrados não lhes farão benefício a menos que façam a necessária mudança em seus hábitos de comer e beber. -- Carta 331, 1904. CRA 286 1 427. Em todos os nossos sanatórios deve ser provido cardápio liberal para a sala de jantar dos pacientes. Não tenho visto coisa alguma muito extravagante em nenhuma de nossas instituições médicas; mas vi algumas mesas em que faltava decididamente uma provisão de alimento convidativo, bom e apetitoso. Muitas vezes pacientes nessas instituições, depois de permanecerem por algum tempo, acharam que estavam pagando grande soma por um quarto, pensão e tratamento, sem receberem muito em troca, retirando-se portanto. Naturalmente puseram-se logo em circulação queixas que depunham muito contra a instituição. Dois extremos CRA 286 2 Há dois extremos, ambos os quais devemos evitar. Ajude o Senhor a cada pessoa ligada a nossas instituições médicas a não advogar escassez de alimento. Os homens e mulheres do mundo que vão para nossos sanatórios têm muitas vezes o apetite pervertido. Não se podem fazer repentinamente mudanças radicais para todos esses. Alguns não podem ser imediatamente colocados num simples regime de reforma de saúde como seria aceitável em uma família particular. Há, numa instituição médica, apetites vários a satisfazer. Alguns necessitam de bem preparadas verduras para satisfazer às necessidades particulares. Outros não têm podido usar verduras sem sofrer as conseqüências. Os pobres doentes dispépticos precisam muitas palavras de animação. Seja o sanatório impregnado da influência religiosa de um lar cristão. Isto será de molde a promover a saúde dos pacientes. Todas estas coisas têm de ser manejadas com cuidado e oração. O Senhor vê as dificuldades a serem ajustadas, e será vosso ajudador. ... Varie-se o cardápio CRA 286 3 Escrevi-vos ontem algumas coisas que espero não vos sejam de modo algum confusas. Talvez eu haja escrito demasiado quanto à importância de um regime dietético liberal em nossos sanatórios. Tenho estado em diversas instituições médicas em que a provisão de comida não era tão abundante como deveria ser. Como bem sabeis, não se deve seguir um regime estabelecido ao prover o alimento aos doentes, mas variar com frequência o cardápio das refeições, e preparar a comida de maneiras diferentes. Acredito que o Senhor dará a todos vós bom discernimento no preparo do alimento. -- Carta 45, 1903. CRA 287 1 428. Os que chegam a nossos sanatórios em busca de tratamento devem ser servidos de liberal provisão de comida bem preparada. Esta precisa necessariamente ser mais variada em espécie do que seria o caso numa casa de família. Seja a comida de molde a causar boa impressão nos hóspedes. Isto é questão de grande importância. A clientela de um sanatório será maior, se houver liberalidade em provisão de saborosa comida. CRA 287 2 Tenho deixado repetidamente as mesas de nosso sanatório insatisfeita e com fome. Tenho falado com as pessoas à testa das instituições, e lhes dito que seu regime deve ser mais abundante e o alimento mais apetecível. Disse-lhes que devem usar da melhor maneira seu engenho para fazer as necessárias mudanças. Disse-lhes que se lembrassem de que o que talvez agradasse mais ao gosto dos adeptos da reforma de saúde, não corresponderia absolutamente ao daqueles que têm sempre comido iguarias requintadas como eles as chamavam. Muito se pode aprender das refeições preparadas e servidas num bem-sucedido restaurante vegetariano. ... Evitar extremos CRA 287 3 A menos que deis muita atenção a esse assunto, vossa clientela diminuirá em vez de aumentar. Há risco de ir a extremos na reforma do regime. CRA 287 4 A noite passada, enquanto eu dormia, estava falando com o Dr. _____. Disse-lhe: Deveis ainda exercer cuidado quanto aos extremos no regime alimentar. Não deveis ir a extremos nem em vosso próprio caso, nem quanto ao alimento servido aos ajudantes e doentes do sanatório. Estes pagam bom preço por sua pensão, e devem ter abundante alimento. Alguns talvez cheguem ao sanatório em condições que exijam severa renúncia no apetite e a mais simples alimentação, mas à medida que sua saúde melhora, deve ser-lhes proporcionada liberal provisão de alimento nutritivo. CRA 288 1 Talvez vos surpreendais de que eu vos escreva isto, mas fui instruída a noite passada de que uma mudança na alimentação faria grande diferença em vossa clientela. É necessário regime mais liberal. -- Carta 37, 1904. CRA 288 2 429. O perigo de ir a extremos no alimento deve ser evitado no sanatório. Não podemos esperar que os mundanos aceitem imediatamente aquilo que nosso povo tem levado anos para aprender. Mesmo agora há muitos de nossos pastores que não seguem a reforma de saúde, não obstante a luz que têm tido. Não podemos esperar que os que não compreendem a necessidade do regime abstêmio, que não tiveram nenhumas experiências práticas no assunto, dêem imediatamente o largo passo entre a condescendência consigo mesmos no comer e a mais rigorosa dieta na reforma de saúde. CRA 288 3 Aos que vão para o sanatório deve ser provido alimento saudável, preparado da maneira mais saborosa, que seja coerente com os retos princípios. Não podemos esperar que eles vivam exatamente como nós. Seria demasiado grande a mudança. E há bem poucos em nossas fileiras que vivam de maneira tão abstêmia como o Dr. _____ tem julgado sábio viver. As mudanças não devem ser feitas abruptamente, quando os pacientes não estão preparados para elas. CRA 288 4 A comida posta diante dos pacientes deve ser de molde a causar neles impressão favorável. Ovos podem ser preparados de várias maneiras. Torta de limão não deve ser proibida. CRA 288 5 Bem pouca atenção e trabalho tem sido dispensado ao preparo da comida para que seja saborosa e nutritiva. Não queremos que o sanatório fique destituído de pacientes. Não nos é possível converter homens e mulheres do erro de seus caminhos a menos que os tratemos com sabedoria. CRA 288 6 Arranjai a melhor cozinheira possível, e não limiteis a comida àquilo que se adaptaria ao gosto de alguns que são rígidos reformadores de saúde. Fosse dado aos pacientes apenas essa comida e eles se desgostariam, porque seria insípida. Não é assim que se ganham almas para a verdade em nossos sanatórios. Sejam atendidas, irmão e irmã _____, as advertências dadas pelo Senhor quanto a extremos no regime dietético. Fui instruída de que o Dr. _____ deve mudar seu regime alimentar, e comer alimentos mais nutritivos. É possível evitar a cozinha suculenta, e todavia fazer alimento apetitoso. Sei que todo extremo no regime introduzido no sanatório prejudicará o bom nome dessa instituição. ... CRA 289 1 Há uma maneira de combinar e preparar alimento que o tornará ao mesmo tempo saudável e nutritivo. Os que estão à testa da cozinha em nossos sanatórios devem compreender a maneira de fazer isto. A questão deve ser tratada de um ponto de vista bíblico. Existe o que se chama privar o corpo de nutrição. O preparo da comida pela melhor maneira possível deve tornar-se uma ciência. -- Carta 127, 1904. A influência de rações escassas ou de comidas sem sabor CRA 289 2 430. Eles devem ter ... a melhor qualidade de todas as espécies de alimento saudável. Os que tinham o hábito de condescender com o apetite quanto a tudo quanto é requintado, se vão para um lugar de retiro e encontram em sua primeira refeição um regime pobre, têm imediatamente a impressão de que as primeiras informações que tiveram acerca dos adventistas como vivendo de maneira tão pobre e passando fome, são verdadeiras. Uma refeição de comida escassa causará mais descrédito à instituição que todas as influências em outras direções que possam ser exercidas para a contrabalançar. Se esperamos encontrar o povo onde ele se encontra e trazê-lo a uma judiciosa reforma de saúde no regime alimentar, não devemos começar pondo-lhes diante uma alimentação radical. É preciso que sejam postos na mesa pratos bem preparados, e abundância de alimento bom, saboroso, do contrário aqueles que se preocupam tanto com o que comem pensarão que vão seguramente morrer de fome. Precisamos ter bons pratos, bem preparados. -- Carta 61, 1886. Alimentos cárneos não fazem parte da dieta do sanatório CRA 289 3 431. Recebi instruções quanto ao uso da carne em nossos sanatórios. As carnes devem ser excluídas do regime, sendo substituídas por alimentos saudáveis, e apetecíveis, preparados de maneira a serem saborosos. -- Carta 37, 1904. CRA 290 1 432. Irmão e irmã _____, desejo apresentar a vossa consideração alguns pontos que me foram revelados desde o princípio das dificuldades surgidas em relação com a rejeição de alimentos cárneos da mesa de nossas instituições médicas. ... CRA 290 2 Fui claramente instruída pelo Senhor quanto a não dever ser a comida de carne posta diante dos pacientes nas salas de jantar de nosso sanatório. Foi concedida luz quanto a poderem os pacientes receber carne, se, depois de haverem ouvido as palestras na sala de visitas, insistirem ainda em que lhes demos isto; mas que, em tais casos, ela deve ser comida em seus próprios quartos. Todos os auxiliares devem deixar a carne. Mas se, como foi anteriormente declarado, depois de saber que a carne de animais não deve ser posta nas mesas da sala de jantar, alguns pacientes insistem em querer carne, dai-a de boa vontade no quarto deles. CRA 290 3 Habituados, como muitos são a usar carne, não é de surpreender que esperem vê-la à mesa do sanatório. Podeis achar desavisado publicar o cardápio, dando uma lista de alimentos fornecidos à mesa; porque a ausência de pratos de carne na alimentação pode parecer formidável obstáculo aos que estão pensando em se tornarem clientes do sanatório. CRA 290 4 Seja a comida saborosamente preparada e agradavelmente servida. Será necessário preparar mais pratos do que seria preciso caso fosse servido alimento cárneo. Outras coisas poderão ser providas, de modo que a carne seja excluída. Leite e nata podem ser usados por alguns. -- Carta 45, 1903. Nenhuma prescrição de alimento cárneo CRA 290 5 433. Foram-me dadas instruções quanto a não deverem ser empregados em nossas instituições, médicos que comam carne e a prescrevam a seus pacientes, visto falharem decididamente no educar os pacientes em rejeitar aquilo que os torna doentes. O médico que usa e prescreve carne, não raciocina de causa para efeito, e em lugar de agir como restaurador, leva o doente por seu próprio exemplo a um apetite pervertido. CRA 291 1 Os médicos empregados em nossas instituições devem ser reformadores a esse respeito e em todos os outros. Muitos dos pacientes estão a sofrer em virtude de erros dietéticos. Importa ensinar-lhes o caminho melhor. Como, porém, pode um médico que come carne fazer isso? Por seus hábitos errôneos, ele impede seu trabalho e estorva a própria utilidade. CRA 291 2 Muitos dos pacientes de nossos sanatórios têm raciocinado por si mesmos quanto à questão do alimento cárneo, e no desejo de manter as faculdades mentais e físicas livres de sofrimento, têm deixado a carne fora de sua mesa. Têm assim obtido alívio aos males que lhes torturavam a vida. Muitas pessoas não pertencentes a nossa fé se têm tornado adeptas da reforma de saúde porque, do ponto de vista de seu próprio interesse, viram a coerência de assim proceder. Muitos se têm colocado conscienciosamente ao lado da reforma de saúde no regime alimentar e no vestuário. Hão de os adventistas do sétimo dia continuar a seguir costumes nocivos? Não dão eles ouvidos à recomendação: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus"? -- Manuscrito 64, 1901. Cuidado no prescrever exclusão completa da carne CRA 291 3 434. A luz dada por Deus quanto ao assunto da doença e suas causas requer ampla consideração; pois são os hábitos errôneos de condescendência com o apetite, e a descuidosa, negligente desatenção ao devido cuidado com o corpo que afeta a pessoa. Os hábitos de asseio, de cuidado com o que é ingerido, devem ser observados. CRA 291 4 Não deveis fazer prescrições dizendo que nunca devam ser usados alimentos cárneos, mas educar a mente, e deixar aí penetrar a luz. Seja a consciência da pessoa despertada no que concerne à conservação própria e à pureza de todo apetite pervertido. ... CRA 291 5 Esta questão de comer carne deve ser tratada com precauções. Quando uma pessoa muda de um regime estimulante de carne para o sistema de verduras e frutas, haverá sempre, a princípio uma sensação de fraqueza e falta de vitalidade, e muitos alegam isto como argumento em favor da necessidade da carne. Esse resultado, no entanto, é justamente um argumento que deve ser usado para o abandono dessa alimentação. CRA 292 1 Não se insista para que essa mudança seja feita abruptamente, em especial tratando-se de pessoas com sobrecarga de contínuo trabalho. Seja a consciência educada, estimulada a vontade, e a mudança pode ser feita muito mais depressa e de boa vontade. CRA 292 2 Os tuberculosos que se acham em decidido caminho da sepultura, não devem fazer mudanças particulares a esse respeito, mas seja exercido cuidado para obter carne de animais o mais saudáveis possível. CRA 292 3 As pessoas que têm tumores a minar-lhes a vida, não devem ser oprimidas com a questão de deverem ou não abandonar o uso da carne. Cuide-se de não coagir a uma resolução quanto a esse assunto. Não ajuda ao caso forçar a mudanças, mas prejudicará aos princípios de abstinência da carne. Façam-se palestras na sala de visitas. Eduque-se a mente, mas não se force a pessoa alguma, pois tal reforma feita sob pressão é inútil. ... CRA 292 4 É necessário apresentar a todos os alunos e médicos, e por eles a outros, que toda a criação animal está mais ou menos enferma. Não é rara a carne doente; antes, comum. Toda sorte de moléstia é introduzida no organismo humano em conseqüência de manter-se da carne de animais mortos. A fraqueza e debilidade em conseqüência da mudança de regime cárneo será vencida em breve, e os médicos devem compreender que não devem fazer o estímulo ao comer carne essencial à saúde e à força. Todos quantos a põem à margem, com inteligência, depois de se habituarem com a mudança, terão nervos e músculos saudáveis. -- Carta 54, 1896. CRA 292 5 435. A Dr. _____ perguntou-me se, sob quaisquer circunstâncias, eu aconselharia tomar caldo de galinha, estando uma pessoa doente e não podendo aceitar no estômago nenhuma outra coisa. Eu disse: "Há pessoas morrendo de tuberculose que, se pedirem caldo de galinha, deve ser-lhes dado. Mas eu teria muito cuidado." O exemplo não deveria prejudicar o sanatório, nem servir de desculpas para outros pensarem que seu caso exige o mesmo regime. Perguntei à Dr. _____ se ela tivera um caso assim no sanatório. Ela disse: "Não; mas tenho uma irmã no sanatório de _____, que se acha muito fraca. Ela tem tido ataques de desfalecimento de fraqueza, mas pode comer galinha cozida." Eu disse: "Seria melhor tirá-la do sanatório. ... A luz que me foi dada é que, se a irmã que mencionais concentrasse as energias e cultivasse o gosto pelas comidas saudáveis, todos esses ataques de desfalecimento passariam." CRA 293 1 Ela cultivara a imaginação; o inimigo aproveitou-se de sua fraqueza física; e sua mente não se revestiu de ânimo contra as provações da vida diária. O que ela necessita, é boa e santificada cura mental, aumento de fé e ativo serviço para Cristo. Necessita também de exercício muscular em trabalho prático ao ar livre. O exercício físico será para ela uma das maiores bênçãos da vida. Ela não necessita ser uma inválida, mas uma mulher sadia, de mente saudável, preparada para desempenhar sua parte nobremente e bem. CRA 293 2 Todo o tratamento que pode ser dado a essa irmã será de pouco proveito a menos que ela faça sua parte. Ela necessita fortalecer músculos e nervos mediante trabalho físico. Não necessita ser uma inválida, mas fazer bom e diligente trabalho. -- Carta 231, 1905. "Não a deixes aparecer" CRA 293 3 436. Encontrei-me com os médicos e o irmão _____, e conversei com eles por cerca de duas horas, e aliviei minha alma. Disse-lhes que haviam sido tentados, e que estavam cedendo à tentação. A fim de assegurar clientela punham uma mesa de carne, e depois eram tentados a ir mais longe, a usar chá e café e drogas. ... Eu disse: Haverá tentação mediante aqueles cujo apetite em relação à carne tem sido satisfeito, e se essas pessoas têm ligação com o Lar da Saúde, apresentarão tentações para sacrificar os princípios. Importa que não haja a primeira introdução de alimentos cárneos. Então não será necessário haver exclusão dos mesmos, visto que nunca apareceram na mesa. ... Fora apresentado o argumento de deverem eles usar carne à mesa até poderem educar-se acerca de seu abandono. Como, porém, iam chegando sempre novos pacientes, a mesma desculpa estabeleceria o uso da carne. Não; não a deixeis aparecer à mesa nem uma vez. Então vossas palestras com relação à carne corresponderão à mensagem que devem apresentar. -- Carta 84, 1898. Servir chá, café e carne no quarto dos pacientes CRA 294 1 437. Não se devem servir em nossos sanatórios... nem chá, nem café ou alimentos cárneos, a menos que o sejam em caso especial, quando o paciente deseje particularmente, e então esses artigos de alimentação devem ser servidos em seu próprio quarto. -- Carta 213, 1902. Não sejam prescritos chá, café e carne CRA 294 2 438. Os médicos não são empregados para prescrever dieta de carne aos pacientes, pois é essa espécie de regime que os fez doentes. Buscai ao Senhor. Quando O encontrardes, sereis mansos e humildes de coração. Individualmente, não vos mantereis com carne de animais mortos, nem poreis um bocado dessa comida na boca de vossos filhos. Não prescrevereis carne, chá ou café a vossos pacientes, mas fareis palestras na sala de visitas mostrando a necessidade de uma dieta simples. Banireis as coisas prejudiciais de vosso cardápio. CRA 294 3 Educarem os médicos de nossas instituições por preceito e por exemplo os que se encontram sob seus cuidados a seguirem uma dieta de carne, depois de anos de instruções da parte do Senhor, inabilita-os para serem superintendentes de nossos institutos de saúde. O Senhor não dá esclarecimentos acerca da reforma de saúde para que eles sejam desconsiderados por aqueles que se encontram em posição de influência e autoridade. O Senhor toma a sério o que Ele diz, e deve ser honrado no Seu dizer. É preciso comunicar luz sobre esses assuntos. É a questão do regime que necessita atenta investigação, e as prescrições devem ser dadas segundo os princípios da saúde. -- EUT, 4, 5 (1896). Não servir bebidas alcoólicas CRA 294 4 439. Não estamos construindo sanatórios para servirem de hotéis. Recebei em nossos sanatórios apenas os que desejarem conformar-se aos retos princípios, os que aceitarem os alimentos que podemos conscienciosamente colocar diante deles. Permitíssemos nós que os doentes tivessem bebidas intoxicantes em seus quartos, ou lhes servíssemos carne, e não poderíamos dar-lhes o auxílio que devem receber ao vir para nossos sanatórios. Precisamos dar a conhecer que, por princípio, excluímos tais artigos de nossos sanatórios e restaurantes vegetarianos. Não desejamos nós ver nossos semelhantes libertos de doenças e enfermidades, e no gozo de saúde e vigor? Sejamos então fiéis aos princípios como a bússola ao pólo. -- Testimonies for the Church 7:95 (1902). Pratos convidativos CRA 295 1 440. Não nos é possível moldar a mente dos mundanos aos princípios da reforma de saúde de um momento para outro; não devemos, portanto, assentar regras demasiado estritas quanto ao regime dietético dos doentes. Quando doentes mundanos vêm para o sanatório, têm de fazer grande mudança em seu regime dietético; e para que eles sintam o menos possível essa mudança, deve ser empregada a melhor cozinha no ramo saudável, os pratos mais apetecíveis e convidativos postos sobre a mesa. ... CRA 295 2 Os que pagam pela pensão e o tratamento devem ter comida preparada na maneira mais saborosa. A razão é clara. Ao serem os pacientes privados dos alimentos cárneos, o organismo sente a mudança. Há uma sensação de abatimento, e eles exigirão liberalidade no regime alimentar. Preparem-se pratos que estimulem o apetite, e sejam agradáveis à vista. -- Carta 54, 1907. Alimentos para inválidos CRA 295 3 441. Deve ser provida alimentação abundante aos pacientes, mas é preciso cuidado no preparo e na combinação de alimento para o doente. A mesa de um sanatório não pode ser estabelecida com exatidão como a de um restaurante. Faz grande diferença se a mesa deve ser posta para homens sadios, que podem digerir quase tudo em matéria de artigos alimentares, ou diante de inválidos. CRA 296 1 Há risco de fornecer demasiado estrita provisão a pessoas que vieram diretamente de um regime tão abundante que estimula à glutonaria. O alimento deve ser liberal. Ao mesmo tempo, porém, deve ser simples. Sei que a comida pode ser feita com simplicidade, e todavia tão apetitosa que os que foram acostumados com um alimento mais suculento encontrem nela prazer. CRA 296 2 Ponha-se à mesa abundância de frutas. Folgo de que vos é possível prover a mesa do sanatório de frutos frescos dos vossos próprios pomares. Isto é realmente grande vantagem. -- Carta 171, 1903. A educação da mesa do sanatório CRA 296 3 442. No preparo do alimento, devem-se manter brilhando os áureos raios da luz, ensinando os que se sentam à mesa a maneira de viver. Esta educação deve também ser dada aos que visitam o Retiro da Saúde, a fim de que daí levem princípios de reforma. -- Carta 71, 1896. CRA 296 4 443. O preparo da comida para os pacientes do sanatório requer atenta e cuidadosa atenção. Alguns dos pacientes provêm de lares em que as mesas se acham diariamente carregadas de alimentos substanciosos, e todo esforço deve ser feito para pôr-lhes em frente comida a um tempo apetecível e saudável. Recomendar a reforma de saúde CRA 296 5 O Senhor quer que a instituição com que vos achais ligados seja um dos lugares mais satisfatórios e aprazíveis do mundo. Desejo que mostreis especial cuidado em prover aos pacientes uma alimentação que não ponha em risco a saúde, e recomende ao mesmo tempo nossos princípios da reforma de saúde. Isto pode ser feito, e assim sendo, causará agradável impressão no espírito dos pacientes. Ser-lhes-á uma educação, mostrando-lhes a vantagem do viver saudável acima de seu próprio modo de viver. E ao deixarem a instituição, levarão consigo um relatório que influenciará outros a irem para lá. -- Carta 73, 1905. A mesa dos auxiliares CRA 297 1 444. Tendes muito pouco cuidado e vos preocupais muito pouco com o providenciar uma refeição bem ordenada e suficiente para vossos obreiros. Eles são os que necessitam de abundância de nova provisão saudável. Exercem constante esforço; é preciso conservar-lhes a vitalidade. Seus princípios devem ser educados. De todo o sanatório, são eles os que devem ser abundantemente fornecidos dos melhores e mais saudáveis e revigorantes alimentos. A mesa de vossos auxiliares deve ser provida, não de carne, mas de abundante provisão de bons frutos, cereais e verduras preparados de maneira boa e saudável. Vossa negligência em fazer isto tem-vos aumentado o lucro, mas custou o elevado preço de minar as forças e energias de vossos obreiros. Isto não tem agradado ao Senhor. A influência de toda a comida não recomenda vossos princípios aos olhos dos que se sentam à mesa dos auxiliares. -- Carta 54, 1896. O cozinheiro é um médico-missionário CRA 297 2 445. Obtende o melhor cozinheiro que vos for possível para vos ajudar. Caso a comida seja preparada de maneira a ser uma sobrecarga para os órgãos digestivos, estais certos de que é necessária uma investigação. O alimento pode ser preparado de tal modo que seja ao mesmo tempo saudável e saboroso. -- Carta 100, 1903. CRA 297 3 446. O cozinheiro de um sanatório deve ser totalmente reformador de saúde. Um homem não se acha convertido a menos que seu apetite e regime dietético correspondam a sua profissão de fé. CRA 297 4 O cozinheiro em um sanatório deve ser bem exercitado médico-missionário. Deve ser pessoa capaz, apta a experimentar por si mesma. Não se deve limitar a receitas. O Senhor nos ama, e não quer que nos façamos mal a nós mesmos seguindo receitas prejudiciais à saúde. CRA 297 5 Em todo sanatório haverá quem se queixe da comida, dizendo que ela não lhes vai bem. Esses devem ser educados com relação aos males do regime não saudável. Como pode o cérebro estar claro enquanto o estômago sofre? -- Manuscrito 93, 1901. CRA 298 1 447. Deve haver em nosso sanatório cozinheiro que entenda cabalmente do trabalho, pessoa de bom discernimento, que possa experimentar, que não introduza no alimento os ingredientes que devam ser evitados. -- Carta 37, 1901. CRA 298 2 448. Tendes um cozinheiro que possa preparar pratos que os pacientes não possam deixar de ver que são um melhoramento à dieta a que estavam habituados? A pessoa que cuida da cozinha de um sanatório deve ser capaz de fazer combinações de alimentos saudáveis e apetitosos, e essas combinações de alimentos precisam ser alguma coisa mais suculenta do que vós e eu comeríamos. -- Carta 331, 1904. CRA 298 3 449. A pessoa que ocupa a posição de cozinheiro tem lugar de demasiada responsabilidade. Deve ser exercitada em hábitos de economia, e compreender que não se deve desperdiçar comida alguma. Cristo disse: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." Dêem os empregados de qualquer departamento ouvidos a estas instruções. A economia deve ser aprendida pelos educadores e ensinada aos auxiliares não somente por preceito, mas por exemplo. -- Manuscrito 88, 1901. ------------------------Capítulo 17 -- A dietética como remédio racional Agentes terapêuticos da natureza CRA 301 1 450. É importante familiarizar-nos com o benefício do regime em caso de doença. Todos devem compreender o que fazer por si mesmos. -- Manuscrito 86, 1897. CRA 301 2 451. Há muitos modos de praticar a arte de curar; mas um só existe aprovado pelo Céu. Os remédios de Deus são os simples agentes da Natureza, que não sobrecarregarão nem enfraquecerão o organismo mediante suas fortes propriedades. Ar puro e água, asseio, regime adequado, pureza de vida e firme confiança em Deus, são remédios por cuja falta milhares de pessoas estão perecendo; todavia esses remédios estão caindo em desuso, porque seu hábil emprego requer trabalho que o povo não aprecia. Ar puro, exercício, água pura, e morada limpa e aprazível, acham-se ao alcance de todos, com apenas pouca despesa; as drogas, porém, são dispendiosas, tanto no gasto do dinheiro, como no efeito produzido no organismo. -- Testimonies for the Church 5:443 (1885); Testemunhos Selectos 2:142, 143. CRA 301 3 452. Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino -- eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimento dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de os aplicar. É essencial, tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente este conhecimento. O uso dos remédios naturais requer certo cuidado e esforço que muitos não estão dispostos a exercer. O processo da natureza para curar e construir, é gradual, e isso parece vagaroso ao impaciente. Demanda sacrifício e abandono das nocivas condescendências. Mas no fim se verificará que a natureza, não sendo estorvada, faz seu trabalho sabiamente e bem. Aqueles que perseveram na obediência a suas leis, ceifarão galardão em saúde de corpo e de alma. -- A Ciência do Bom Viver, 127 (1905). CRA 302 1 453. Os médicos aconselham muitas vezes os inválidos a viajar para o estrangeiro, a ir a alguma fonte d'água mineral, ou a atravessar o oceano a fim de readquirir a saúde; quando, em nove casos de dez, se essas pessoas comessem com temperança e se empenhassem em exercício saudável com espírito animoso, restaurar-se-iam e economizariam tempo e dinheiro. Exercício, e farto, abundante uso do ar livre e da luz solar -- bênçãos por Deus a todos outorgadas -- dariam em muitos casos vida e vigor aos macilentos inválidos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 160 (1890). Algumas coisas que podemos fazer por nós mesmos CRA 302 2 454. Quanto ao que podemos fazer por nós mesmos, um ponto há que exige consideração cuidadosa e refletida. CRA 302 3 Preciso conhecer-me a mim mesma, preciso ser sempre uma aluna quanto a cuidar dessa construção -- o corpo que Deus me deu -- para que o possa conservar nas melhores condições de saúde. Preciso comer aquilo que seja para meu máximo bem físico, e tomar especial cuidado em que meu vestuário seja de molde a promover saudável circulação do sangue. Preciso não me privar de exercício e de ar. Preciso tomar tanta luz solar quanto me seja possível. Preciso ter sabedoria para ser fiel guardiã de meu corpo. CRA 302 4 Eu faria uma coisa muito imprudente se entrasse em um aposento fresco estando suada; mostrar-me-ia desavisada despenseira se me permitisse sentar em uma corrente de ar, expondo-me assim a um resfriado. Seria falta de prudência se me sentasse com pés e membros frios, fazendo assim com que o sangue refluísse das extremidades para o cérebro e os órgãos internos. Devo proteger sempre meus pés no tempo úmido. Comeria regularmente da comida mais saudável, que promovesse a melhor qualidade de sangue, e não trabalharia intemperantemente, estando em meu poder evitá-lo. E quando transgrido as leis que Deus estabeleceu em meu ser, devo arrepender-me e reformar-me, pondo-me nas mais favoráveis condições sob o cuidado dos médicos providos por Deus -- ar puro, pura água, e o precioso Sol medicinal. CRA 303 1 A água pode ser empregada de muitas maneiras para aliviar o sofrimento. Goles d'água pura e quente tomados antes de comer (cerca de meio litro), não farão absolutamente mal, antes serão benéficos. -- Carta 35, 1890. Fé e comer e beber corretamente CRA 303 2 455. Façam os que se acham doentes tudo ao seu alcance, mediante hábitos corretos no comer, beber e vestir, e fazendo exercício judicioso, para assegurar a recuperação da saúde. Sejam os pacientes que chegam a nossos sanatórios ensinados a cooperar com Deus no buscar a saúde. "Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." Deus fez nervos e músculos a fim de serem usados. É a inação do maquinismo humano que traz sofrimento e doença. -- Carta 5, 1904. CRA 303 3 456. Os que tratam os doentes devem agir em sua importante obra, com forte confiança em Deus de que Suas bênçãos acompanhem os meios por Ele graciosamente providos, e para os quais em misericórdia nos chamou a atenção como um povo, isto é, o ar puro, o asseio, o saudável regime alimentar, os devidos períodos de trabalho e de repouso, e o emprego da água. -- Testimonies for the Church 1:561 (1867); Testemunhos Selectos 1:216. Remédios racionais nos sanatórios CRA 303 4 457. A luz que me foi comunicada é que devia ser estabelecido um sanatório, e que nele devia ser rejeitada a medicação de drogas, sendo empregados métodos simples e racionais de cura das doenças. Nessa instituição o povo devia ser ensinado quanto à maneira de vestir, respirar e comer devidamente -- de prevenir a doença mediante hábitos apropriados de viver. -- Carta 79, 1905. CRA 303 5 458. Advogamos em nossos sanatórios o emprego de remédios simples. Desaconselhamos o uso de drogas, pois estas envenenam a corrente sanguínea. Nessas instituições devem ser ministradas judiciosas instruções quanto à maneira de comer, de beber, de vestir e viver de tal modo que se conserve a saúde. -- Manuscrito 49, 1908. CRA 304 1 459. A questão da reforma de saúde não é agitada como precisa e há de ser. Um regime simples e inteira ausência de drogas, deixando a natureza livre para recuperar as energias gastas do organismo, tornaria nossos sanatórios muito mais eficazes em restaurar a saúde dos doentes. -- Carta 73a, 1896. Um regime medicinal CRA 304 2 460. Condescender em comer com demasiada freqüência e quantidade exagerada, sobrecarrega os órgãos digestivos e produz um estado febril do organismo. O sangue torna-se impuro, ocorrendo então doenças de várias espécies. Manda-se buscar um médico, que receita alguma droga que dá alívio temporário, mas que não cura a doença. Pode mudar sua forma, porém o mal real aumenta dez vezes. A natureza estava fazendo o melhor que podia para livrar o organismo de um acúmulo de impurezas, e fosse ela deixada a si mesma, auxiliada pelas bênçãos comuns do Céu, tais como ar puro e água pura, ter-se-ia efetuado uma cura rápida e segura. CRA 304 3 Os sofredores, nesses casos, podem fazer por si mesmos o que outros não podem fazer tão bem por eles. Devem começar por aliviar a natureza da carga que lhe têm imposto. Devem remover a causa. Jejuem por pouco tempo e dêem ao estômago oportunidade para descansar. Reduzam o estado febril do organismo, mediante cuidadosa e inteligente aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por livrar o organismo de impurezas. Mas em geral as pessoas que sofrem dores tornam-se impacientes. Não estão dispostas a submeter-se à renúncia e a suportar um pouco de fome. ... CRA 304 4 O uso de água pouco faz, se o doente não sente a necessidade de também cuidar rigorosamente de seu regime alimentar. CRA 304 5 Muitos vivem em violação das leis da saúde, ignorando a relação que têm para com sua saúde os hábitos de comer, beber e trabalhar. Não despertam para reconhecer sua real condição, até que a natureza protesta contra os abusos que sofre, por meio de dores e incômodos do organismo. Se, mesmo então, os sofredores tão-só começassem a obra da maneira certa, recorrendo aos meios simples que negligenciaram -- o emprego de água e o regime apropriado -- a natureza teria exatamente o auxílio que requer, e que devia ter recebido muito tempo antes. Se for seguido esse procedimento, o doente em geral se recuperará sem se debilitar. -- Spiritual Gifts 4:133-135 (1864). CRA 305 1 461. A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de moléstia, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que os sobrecarregados órgãos digestivos tenham ensejo de descansar. Um regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos que trabalham com o cérebro. Muitas vezes um breve período de inteira abstinência de comida, seguido de alimento simples e moderadamente tomado, tem levado à cura por meio dos próprios esforços recuperadores da natureza. Um regime de abstinência por um ou dois meses, havia de convencer a muitos sofredores que a vereda da abnegação é o caminho para a saúde. -- A Ciência do Bom Viver, 235 (1905). Estrita temperança é remédio contra a doença CRA 305 2 462. Quando um médico vê um doente sofrendo por moléstia ocasionada por regime alimentar impróprio, ou outros hábitos errôneos, e todavia deixa de dizer-lhe isto, está fazendo um mal a seu semelhante. Ébrios, maníacos, os que se entregam à licenciosidade, todos apelam ao médico para que lhes declare positiva e claramente que o sofrimento é resultado do pecado. Os que compreendem os princípios da vida deviam ser zelosos em lutar para combater as causas das moléstias. Vendo o contínuo conflito com a dor, trabalhando constantemente para aliviar o sofrimento, como pode o médico manter-se em silêncio? É ele benévolo e misericordioso se não ensina a estrita temperança como o remédio contra a doença? -- A Ciência do Bom Viver, 114 (1905). É necessário o melhor alimento CRA 305 3 463. Os médicos devem velar em oração, compreendendo que ocupam posição de grande responsabilidade. Devem prescrever para seus pacientes alimento mais apropriado para eles. Essa comida deve ser preparada por alguém que compreenda que ocupa importantíssima posição, visto ser exigido bom alimento para formar-se bom sangue. -- Manuscrito 93, 1901. ------------------------Capítulo 18 -- Frutas, cereais e verduras Uma bênção nas frutas frescas CRA 309 1 464. Sou muito grata a Deus porque, quando Adão perdeu seu lar edênico, o Senhor não o privou do suprimento de frutas. -- Carta 157, 1900. CRA 309 2 465. O Senhor quer que os que vivem em países onde é possível obterem-se frutas frescas em grande parte do ano, se compenetrem da bênção que têm nessas frutas. Quanto maior for o uso que fizermos de frutas frescas, tais como são apanhadas da árvore, maior será a bênção. -- Testimonies for the Church 7:126 (1902); Testemunhos Selectos 3:134. CRA 309 3 466. Convir-nos-ia cozinhar menos e comer mais frutas em estado natural. Ensinemos o povo a comer abundantemente uvas, maçãs, pêssegos, pêras, amoras e toda outra espécie de frutas que seja possível conseguir. Sejam elas preparadas e conservadas para uso no inverno, usando-se quanto possível vidros, em vez de latas. -- Testimonies for the Church 7:134 (1902); Testemunhos Selectos 3:137, 138. CRA 309 4 467. Para um estômago dispéptico, podeis pôr à mesa frutas de diversas espécies, mas não demasiada variedade em uma refeição. -- Testimonies for the Church 2:373 (1870). CRA 309 5 468. Recomendaríamos especialmente as frutas como fator de saúde. Mas mesmo as frutas não devem ser comidas após uma completa refeição de outros alimentos. -- Manuscrito 43, 1908. CRA 309 6 469. Verduras e frutas agradavelmente preparadas em sua estação serão benéficas, uma vez que sejam da melhor qualidade, não mostrando o mínimo sinal de deterioração, mas sendo sãs e não afetadas pela doença ou apodrecimento. Morrem mais pessoas por comerem frutas e verduras deterioradas que fermentam no estômago e produzem sangue envenenado, do que fazemos idéia. -- Carta 12, 1887. CRA 310 1 470. Uma provisão simples, mas liberal de fruta é o melhor alimento que se possa colocar diante dos que se estão preparando para a obra de Deus. -- Carta 103, 1896. Parte de um regime apropriado CRA 310 2 471. Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Estes alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual, que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante. -- A Ciência do Bom Viver, 296 (1905). CRA 310 3 472. Nos cereais, frutas, verduras e nozes encontram-se todos os elementos de que necessitamos. Se formos ao Senhor em simplicidade de espírito, Ele nos ensinará a preparar alimento saudável sem a mancha da carne. -- Manuscrito 27, 1906. Regime provisório de frutas CRA 310 4 473. A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de moléstia, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que os sobrecarregados órgãos digestivos tenham ensejo de descansar. Um regime de frutas por alguns dias tem muitas vezes produzido grande benefício aos que trabalham com o cérebro. Muitas vezes um breve período de inteira abstinência de comida, seguido de alimento simples e moderadamente tomado, tem levado à cura por meio dos próprios esforços recuperadores da natureza. Um regime de abstinência por um ou dois meses, havia de convencer a muitos sofredores que a vereda da abnegação é o caminho para a saúde. -- A Ciência do Bom Viver, 235 (1905). Substituição de artigos nocivos CRA 311 1 474. Em nossas instituições médicas devem ser dadas claras instruções quanto à temperança. Deve-se fazer ver aos pacientes o dano de bebidas intoxicantes, e a bênção da abstinência total. Deve-se-lhes pedir que abandonem as coisas que lhes arruinaram a saúde, e o lugar dessas deve ser substituído por abundância de frutas. Laranjas, limões, ameixas, pêssegos e muitas outras variedades se podem obter; pois o mundo de Deus é produtivo, uma vez que se façam laboriosos esforços. -- Carta 145, 1904. CRA 311 2 475. Não useis sal em quantidade, evitai as conservas e comidas condimentadas, servi-vos de abundância de frutas e a irritação que reclama tanta bebida nas refeições desaparecerá em grande parte. -- A Ciência do Bom Viver, 305 (1905). Conservar e secar CRA 311 3 476. Onde quer que haja frutas em abundância, deve-se preparar farta provisão para o inverno, conservando-as cozidas ou secas. As frutas pequenas, como morangos, amoras, groselhas e outras, podem dar com vantagem em muitos lugares onde são pouco usadas, sendo negligenciado o seu cultivo. CRA 311 4 Para conservas domésticas, os vidros devem ser usados sempre que possível, de preferência às latas. É especialmente digno de atenção que as frutas a serem conservadas estejam em boas condições. Empregue-se pouco açúcar, e a fruta seja cozinhada apenas o necessário à sua preservação. Assim preparadas, são excelente substituto para as frutas frescas. CRA 311 5 Onde quer que as frutas secas como passas, ameixas, maçãs, pêras, pêssegos e abricós se possam obter por moderado preço, verificar-se-á que se podem usar como artigos principais de regime, muito mais abundantemente do que se costuma fazer, com os melhores resultados para a saúde de todas as classes. -- A Ciência do Bom Viver, 299 (1905). CRA 312 1 477. Compota de maçãs, posta em vidros, é saudável e saborosa. Pêras e cerejas, caso se possam obter, dão muito boa compota para uso no inverno. -- Carta 195, 1905. CRA 312 2 478. Se puderdes obter maçãs, achais-vos em boas condições no que respeita a frutas, ainda que não possais ter nada mais. ... Não acho que tanta variedade de frutas seja essencial; todavia elas devem ser cuidadosamente colhidas e conservadas em sua estação, para serem usadas quando não houver maçãs. Maçãs são superiores a qualquer fruta para uma pessoa em crescimento. -- Carta 5, 1870. Recém-colhida do pomar e do quintal CRA 312 3 479. Há outra vantagem a ser obtida pelo cultivo de frutas em ligação com nossos sanatórios. Pode-se ter para a mesa a fruta absolutamente livre de deterioração, e recém-colhida da árvore. -- Manuscrito 114, 1902. CRA 312 4 480. Famílias e instituições devem aprender a fazer mais quanto ao cultivo e aperfeiçoamento da terra. Se o povo tão-somente soubesse o valor dos produtos da terra, que ela produz a seu tempo, seriam feitos mais diligentes esforços para cultivar o solo. Todos se devem achar relacionados com o valor especial das frutas e verduras frescas, colhidas do pomar e da horta. À medida que aumenta o número de pacientes e de alunos, mais terra se fará necessário. Poder-se-iam plantar parreiras, tornando assim possível à instituição produzir suas uvas. O laranjal no lugar apropriado seria uma bênção. -- Manuscrito 13, 1911. Em um regime escolhido pelo criador CRA 313 1 481. Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Estes alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual, que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante. -- A Ciência do Bom Viver, 296 (1905). CRA 313 2 482. Os que se alimentam de carne, não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso! -- A Ciência do Bom Viver, 313 (1905). Parte de um regime apropriado CRA 313 3 483. É um erro supor que a força muscular depende do uso de alimento animal. As necessidades do organismo podem ser melhor supridas, e mais vigorosa saúde se pode desfrutar, deixando de usá-lo. Os cereais, com frutas, nozes e verduras, contêm todas as propriedades nutritivas necessárias a formar um bom sangue. -- A Ciência do Bom Viver, 316 (1905). CRA 313 4 484. Nos cereais, frutas, verduras e nozes encontram-se todos os elementos alimentícios de que necessitamos. Se formos ter com o Senhor em simplicidade de espírito, Ele nos ensinará a preparar comida saudável, livre da infecção da carne. -- Manuscrito 27, 1906. Abundantemente supridas CRA 313 5 485. As abundantes provisões de frutas, nozes e cereais da Natureza, são amplas; e de ano para ano os produtos de todas as terras são mais geralmente distribuídos por todos, devido às facilidades de transporte. Em resultado, muitos artigos de alimentação que, poucos anos atrás, eram considerados como luxos dispendiosos, encontram-se agora ao alcance de todos, como gêneros diários. -- A Ciência do Bom Viver, 297 (1905). CRA 314 1 486. Se planejarmos sabiamente, os artigos conducentes à boa saúde podem ser obtidos em quase todas as terras. Os vários artigos preparados de arroz, trigo, milho e aveia são enviados para toda parte, bem como feijões, ervilhas e lentilhas. Estes, juntamente com as frutas nacionais ou importadas, e a quantidade de verduras que dão em todas as localidades, oferecem oportunidade de escolher um regime dietético completo, sem o uso dos alimentos cárneos. -- A Ciência do Bom Viver, 299 (1905). Devidamente preparado CRA 314 3 488. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. -- Testimonies for the Church 2:352 (1869); Testemunhos Selectos 1:262. Mingaus CRA 314 4 489. Os cereais empregados em mingaus devem ser cozidos várias horas. Mas as comidas brandas ou líquidas são menos saudáveis que as secas, que requerem cabal mastigação. -- A Ciência do Bom Viver, 301 (1905). CRA 314 5 490. Alguns crêem sinceramente que uma dieta apropriada consiste especialmente em mingaus. Comer muito mingau não comunicaria saúde aos órgãos digestivos; pois assemelha-se muito aos líquidos. Estimulai o comer frutas e verduras e pão. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. Mingau de trigo integral CRA 315 1 491. Podeis fazer mingaus de farinha integral. Se essa farinha for muito áspera, podeis peneirá-la, e enquanto o mingau estiver quente, adicionar leite. Isto fará um prato muito saboroso e saudável para o acampamento. -- Testimonies for the Church 2:603 (1871). Substituir a carne CRA 315 2 492. Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão a um tempo nutritivos e apetitosos. ... O lugar da carne deve ser preenchido com alimento são e pouco dispendioso. -- A Ciência do Bom Viver, 316, 317 (1905). O bordão da vida CRA 315 3 493. A religião levará as mães a fazerem pão da melhor qualidade. ... O pão deve ser perfeitamente assado, por dentro e por fora. A saúde do estômago requer que ele seja leve e seco. O pão é o verdadeiro bordão da vida, e portanto toda cozinheira deve ser excelente em fazê-lo. -- Manuscrito 34, 1899. Religião em um pão bem feito CRA 315 4 494. Algumas pessoas julgam não ser dever religioso preparar devidamente a comida; daí, não procuram aprender a fazê-lo. Deixam o pão azedar antes de assá-lo, e o bicarbonato adicionado para remediar o descuido da cozinheira torna-o totalmente impróprio para o estômago humano. Requer reflexão e cuidado fazer bom pão. Há, porém, mais religião num bom pão do que muitos pensam. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 47; Conselhos Sobre Saúde, 117 (1890). CRA 316 1 495. É dever religioso de toda jovem cristã e de toda senhora aprender a fazer quanto antes pão bom, isento de acidez e leve, de farinha de trigo integral. -- Testimonies for the Church 1:684 (1868). Uso de bicarbonato no pão CRA 316 2 496. O emprego do bicarbonato ou fermento em pó, no pão, é nocivo e desnecessário. O bicarbonato produz inflamação do estômago, envenenando muitas vezes todo o organismo. Muitas donas-de-casa julgam não poder fazer bom pão sem empregar o bicarbonato, mas isto é um erro. Se se derem ao incômodo de aprender melhores métodos, seu pão será mais saudável e, a um paladar natural, muito mais agradável. Uso de leite em pão fermentado CRA 316 3 No fazer pão crescido, ou levedado, não se devia empregar leite em lugar de água. Isto representa despesa adicional, e torna o pão menos saudável. O pão que leva leite não se conserva bem tanto tempo depois de assado, como o que é feito com água, e fermenta mais facilmente no estômago. Pão fermentado quente CRA 316 4 O pão deve ser leve e agradável. Nem o mais leve vestígio de acidez se deve tolerar. Os pães devem ser pequenos, e tão perfeitamente assados que, o quanto possível, os germes do fermento sejam destruídos. Quando quente ou fresco, qualquer espécie de pão levedado é de difícil digestão. Nunca devia aparecer à mesa. Isto não se aplica, entretanto, ao pão sem levedar. Pão de trigo fresco, sem fermento ou levedura, e assado num forno bem quente, é a um tempo saboroso e saudável. ... Torradas CRA 317 1 Torradas são dos mais digestíveis e aprazíveis alimentos. Corte-se o pão comum em fatias, ponha-se no forno até haver desaparecido o último vestígio de umidade. Deixe-se então dourar levemente e por igual. Pode-se conservar esse pão num lugar seco por muito mais tempo que o pão comum e, se posto novamente ao forno um pouco antes de ser servido, ficará como torrado de fresco. -- A Ciência do Bom Viver, 300-302 (1905). O pão velho preferível ao novo CRA 317 2 497. Pão de dois ou três dias é mais saudável do que o novo. O pão secado ao forno é um dos mais saudáveis artigos de alimentação. -- Carta 142, 1900. Os males do pão azedo CRA 317 3 498. Achamos com freqüência o pão de farinha integral pesado, azedo e apenas parcialmente assado. Isto acontece por falta de interesse em aprender, e de cuidado no desempenho do importante dever de cozinhar. Achamos por vezes sonhos ou biscoitos brandos, secados, não cozidos, e outras coisas semelhantes. E então os cozinheiros vos dirão que podem trabalhar muito bem na velha maneira de cozinhar, mas para dizer a verdade, suas famílias não gostam de pão integral; que morreriam de fome se vivessem assim. CRA 317 4 Tenho dito comigo mesma: Não me admiro disto. É sua maneira de preparar a comida que a torna tão insípida. Comer coisas assim faria certamente dispépticos. Esses pobres cozinheiros, e os que lhes têm de comer os alimentos, dir-lhes-ão com seriedade que a reforma de saúde não lhes vai bem. CRA 317 5 O estômago não tem capacidade para converter um pão inferior, pesado, azedo, em bom alimento; mas esse mau pão converterá um estômago saudável num órgão enfermo. Os que ingerem tal comida sabem que estão perdendo a resistência. Não há razão para isto? Algumas dessas pessoas denominam-se reformadores da saúde, mas não o são. Não sabem cozinhar. Preparam bolos, batatas, e pão integral, mas há a mesma rotina, com pouca variação, e o organismo não é fortalecido. Parece que julgam perdido o tempo dedicado a obter cabal experiência no preparo de alimento saudável e saboroso. ... CRA 318 1 Encontramos dispépticos em muitas famílias, e com freqüência a causa é o pão deficiente. A dona da casa julga que não deve ser lançado fora, e comem-no. É esta a maneira de dispor de um pão mal feito? Pô-lo-ão os senhores no estômago para ser convertido em sangue? Tem esse órgão capacidade de tornar bom o pão azedo? Pão pesado em leve? Pão mofado em novo?... CRA 318 2 Muita esposa e mãe que não recebeu a devida educação e a quem falta habilidade no departamento culinário, está presenteando diariamente sua família com alimento mal preparado que lhe está seguramente destruindo os órgãos digestivos, formando má qualidade de sangue, e trazendo com freqüência um ataque agudo de moléstia inflamatória e causando morte prematura. Muitos foram levados à morte por comerem pão pesado e azedo. Foi-me relatado um caso de uma menina empregada que fez uma fornada de pão azedo e pesado. Para ver-se livre dele e ocultar o caso, atirou-os a um casal de grandes porcos. Na manhã seguinte, o dono da casa encontrou mortos os animais e, examinando a gamela, encontrou pedaços daquele pão pesado. Fez averiguações, e a jovem confessou o que fizera. Não pensara no efeito que tal pão teria nos porcos. Se pão azedo e pesado mata porcos, que podem devorar cascavéis, e quase tudo quanto é detestável, que efeito terá no delicado órgão que é o estômago humano? -- Testimonies for the Church 1:681-684 (1868). A vantagem de usar pão e outros alimentos sólidos CRA 318 3 499. Grande cuidado precisa tomar-se ao fazer-se a mudança do alimento cárneo para o regime vegetariano, de prover-se a mesa de alimentos sabiamente preparados, bem cozinhados. Comer tanto mingau é um erro. A comida seca, que requer mastigação, é muito preferível. As preparações de alimentos saudáveis são uma bênção a esse respeito. O bom pão integral e pãezinhos, preparados de maneira simples, todavia com diligente esforço, serão saudáveis. O pão nunca deve ter a mais leve acidez. Deve ser assado até que esteja completamente cozido. Assim se evitará toda a maciez e pegajosidade. CRA 319 1 Para os que as podem usar, as boas verduras, preparadas de modo saudável, são melhores que os mingaus ou papas. As frutas usadas com pão perfeitamente cozido de dois ou três dias, serão mais benéficas que o pão fresco. Isto, com mastigação lenta e cabal, fornecerá tudo quanto o organismo necessita. -- Manuscrito 3, 1897. Biscoitos quentes CRA 319 2 500. Biscoitos quentes e alimentos cárneos são de todo contrários aos princípios da reforma de saúde. -- (Escrito em 1884) EUT, 2. CRA 319 3 501. Biscoitos com bicarbonato, quentes, são muitas vezes usados com manteiga, e comidos como dieta escolhida; os fracos órgãos digestivos, porém, não podem deixar de sentir o abuso que lhes é infligido. -- Carta 72, 1896. CRA 319 4 502. Temos voltado ao Egito em vez de avançar para Canaã. Não inverteremos a ordem das coisas? Não teremos comida simples e saudável em nossas mesas? Não dispensaremos os biscoitos quentes, que só causam dispepsia? -- Carta 3, 1884. Broas e pãezinhos CRA 319 5 503. Biscoitos quentes, crescidos com bicarbonato ou fermento em pó, nunca devem aparecer em nossa mesa. Tais artigos são inapropriados para entrar no estômago. Pão fermentado quente, de qualquer espécie, é de difícil digestão. Broas de farinha integral, a um tempo saborosas e saudáveis, podem ser feitas de farinha integral, misturadas com água pura e fria e leite. É, porém, difícil ensinar simplicidade a nosso povo. Quando recomendamos broas de farinha integral, nossos amigos dizem: "Oh, sim, sabemos fazer!" Ficamos muito decepcionados quando elas aparecem, crescidas com fermento em pó ou com leite azedo e bicarbonato. Isto não testifica da reforma. A farinha integral, misturada com água pura e leve e com leite, dá as melhores broas que já comemos. Caso a água seja salobra, empregue-se mais leite natural, ou acrescente-se um ovo à massa. As broas devem ser perfeitamente assadas em forno bem aquecido, com fogo constante. CRA 320 1 Para fazer pãezinhos, usai água leve e leite, ou um pouco de nata; fazei uma massa dura e bem amassada como para bolachas de água e sal. Assai na grelha do forno. Eles são deliciosos. Pedem cabal mastigação, o que é um benefício tanto para os dentes como para o estômago. Dão bom sangue, e comunicam força. Com tal pão, e abundância de frutas, verduras e cereais que nosso país produz em abundância, não se devem desejar maiores iguarias. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1883. Pão de farinha integral melhor que o branco CRA 320 2 504. O pão de farinha branca não pode comunicar ao organismo a nutrição que se encontra no pão integral. O uso comum do pão de farinha beneficiada, não pode manter o organismo em condições saudáveis. Ambos vós tendes fígado inativo. O uso da farinha branca agrava as dificuldades sob que estais trabalhando. -- Testimonies for the Church 2:68 (1868). CRA 320 3 505. Para o pão, não é a melhor a farinha branca, superfina. Seu uso nem é saudável nem econômico. A farinha branca, fina, carece de elementos nutritivos que se encontram no pão feito do trigo integral. É causa freqüente de prisão de ventre e outras condições insalubres. -- A Ciência do Bom Viver, 300 (1905). Podem variar-se os cereais no pão CRA 321 1 506. Farinha de trigo sozinha não é o melhor para um regime contínuo. Uma mistura de trigo, aveia e centeio seria mais nutritivo do que o trigo destituído de suas propriedades nutritivas. -- Carta 91, 1898. Pães doces CRA 321 2 507. Pães e bolachas doces, raramente temos em nossa mesa. Quanto menos comidas doces comermos, melhor; elas causam perturbações no estômago, e produzem impaciência e irritabilidade nos que se habituam a usá-las. -- Carta 363, 1907. CRA 321 3 508. É bom deixar fora o açúcar nas bolachas que se fazem. Alguns gostam mais das bolachas mais doces, mas estas são nocivas aos órgãos digestivos. -- Carta 37, 1901. Verduras frescas, preparadas com simplicidade CRA 321 4 509. Todos devem estar relacionados com o valor especial das frutas e das verduras frescas do pomar e da horta. -- Manuscrito 13, 1911. CRA 321 5 510. Frutas, cereais e verduras, preparadas com simplicidade, livres de condimento e gordura de toda espécie, fazem, com leite e nata, o mais saudável regime. Comunicam nutrição ao organismo, e dão um poder de resistência e um vigor intelectual não produzidos por um regime estimulante. -- [CTBH] Conselhos Sobre Saúde, 115 (1890). CRA 322 1 511. Para os que as podem usar, boas verduras, preparadas de maneira saudável, são alimento melhor que as papas ou mingaus. -- Manuscrito 3, 1897. CRA 322 2 512. As verduras devem ser tornadas apetitosas com um pouco de leite ou nata, ou algo equivalente. -- Testimonies for the Church 9:162 (1909). Parte de um regime completo CRA 322 3 513. Os cereais, frutas e verduras simples, têm todas as propriedades nutritivas necessárias para formar bom sangue. Isto um regime cárneo não pode efetuar. -- Carta 70, 1896. Abundância de verduras CRA 322 4 514. Somos constituídos daquilo que comemos. Fortaleceremos as paixões animais comendo alimentos animais? Em vez de educar o gosto por um regime grosseiro, é mais que tempo de nos estar educando para viver de frutas, cereais e verduras. ... Uma variedade de pratos simples, perfeitamente saudáveis e nutritivos, podem ser providos à parte de carne. Homens de bom apetite precisam ter abundância de verduras, frutas e cereais. -- Carta 3, 1884. CRA 322 5 515. É intenção do Senhor levar Seu povo a voltar a viver de simples frutas, verduras e cereais. -- Carta 72, 1896. Alguns não podem usar verduras CRA 322 6 516. Há, em uma instituição médica, apetites diversos a satisfazer. Alguns exigem verduras bem preparadas para satisfazer-lhes a necessidades peculiares. Outros não têm sido capazes de usar verduras sem sofrer as conseqüências. -- Carta 45, 1903. Batatas inglesas e doces CRA 323 1 517. Não cremos que batatas fritas sejam saudáveis, pois há mais ou menos gordura ou manteiga em seu preparo. Boas batatas cozidas ou assadas, servidas com nata e um pouco de sal, são as mais saudáveis. As sobras das batatas inglesas e doces são preparadas com um pouco de nata e de sal, e tornadas a assar, não fritar; são excelentes. -- Carta 322, 1905. Feijão, prato saudável CRA 323 2 518. Outro prato muito simples mas saudável, é feijão cozido ou assado. Dilua-se uma parte dele n'água, adicione-se leite ou nata, e faça-se uma sopa. -- Testimonies for the Church 2:603 (1871). Cultivar e conservar legumes CRA 323 3 519. Muitos não vêem a importância de terem terras para cultivar, e de produzirem frutas e legumes, para que sua mesa seja provida com essas coisas. Sou instruída a dizer a toda família e toda igreja: Deus vos abençoará quando operardes vossa salvação com temor e tremor, temendo que, por falta de sabedoria no tratamento do corpo, venhais a arruinar o plano de Deus a vosso próprio respeito. -- Carta 5, 1904. CRA 323 4 520. Devem-se tomar providências para obtenção de um suprimento de milho doce seco. Abóboras podem ser secadas, sendo usadas com proveito para fazer tortas durante o inverno. -- Carta 195, 1905. Verduras e tomates no regime de Ellen G. White CRA 323 5 521. Falais quanto a meu regime. Não me tenho apegado tanto a uma coisa que não seja capaz de comer qualquer outra. Mas no que respeita a verduras, não precisais preocupar-vos; pois sei com certeza que na região em que morais há muitas espécies de produtos vegetais que posso usar como verduras de folha. Poderei obter as folhas da labaça amarela, o tenro dente-de-leão e mostarda. Haverá ali provisão muito maior, que na Austrália era possível obter, e de qualidade superior. E caso não houvesse nenhuma outra coisa, há os produtos cereais. -- Carta 31, 1901. CRA 324 1 522. Perdi o apetite algum tempo antes de ir para o Leste. Agora, porém, voltou; e sinto muita fome ao chegar a hora das refeições. Meus cardos verdes bem preparados com nata esterilizada e suco de limão, são muito apetitosos. Tomo sopa de aletria com tomate numa refeição, e verduras de folhas na seguinte. Recomecei a refeição de batatas. Todos os meus alimentos me parecem saborosos. Sou como um doente de febre que ficou meio morto de fome, e encontro-me em perigo de comer em excesso. -- Carta 10, 1902. CRA 324 2 523. Os tomates que mandastes eram muito bons e deliciosos. Verifico que os tomates são o melhor artigo de alimentação para mim. -- Carta 70, 1900. CRA 324 3 524. Plantamos suficiente milho e ervilhas para nós e nossos vizinhos. O milho doce, secamos para usar no inverno; então, quando precisarmos dele, moeremos num moinho, e cozinhá-lo-emos. Isto proporciona sopas e outros pratos mais saborosos. ... CRA 324 4 No tempo das uvas, temo-las em abundância, e assim também ameixas e maçãs, certa quantidade de cerejas, pêssegos, pêras e azeitonas que nós mesmos preparamos. Cultivamos também grande quantidade de tomates. Nunca apresento desculpas pela comida que temos na mesa. Não creio que Deus Se agrade de que assim façamos. Nossas visitas comem como nós comemos, e parecem ter prazer em nosso cardápio. -- Carta 363, 1907. ------------------------Capítulo 19 -- Sobremesas CRA 327 1 525. Açúcar não é bom para o estômago. Causa fermentação, e isto obscurece o cérebro e ocasiona mau humor. -- Manuscrito 93, 1901. CRA 327 2 526. De ordinário se usa demasiado açúcar no alimento. Bolos, pudins, pastelarias, geléias, doces, são causa ativa de má digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos. -- A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). CRA 327 3 527. O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva. CRA 327 4 Houve um caso na comarca de Montcalm, Michigan, ao qual me referirei. Tratava-se de um nobre homem. Tinha um metro e oitenta de altura e era de belo aspecto. Fui chamada a visitá-lo, quando se achava doente. Já havia conversado com ele, acerca de sua maneira de viver. "Não me agrada o aspecto de seus olhos", disse-lhe eu. Ele usava grande quantidade de açúcar. Perguntei-lhe porque fazia isso. Disse que abandonara o uso da carne e não conhecia melhor substituto do que o açúcar. Seu alimento não o satisfazia, simplesmente porque a esposa não sabia cozinhar. CRA 327 5 Alguns de vós mandais vossas filhas, já quase adultas, para a escola, a fim de aprenderem as ciências antes de saberem cozinhar, quando isto devia ser considerado de primeira importância. Aí estava uma mulher que não sabia cozinhar; não aprendera a preparar alimento saudável. A esposa e mãe era deficiente neste importante ramo de educação; e em resultado, visto como o alimento mal cozido não era suficiente para satisfazer às demandas do organismo, era ingerido açúcar imoderadamente, o que provocava um estado doentio de todo o organismo. A vida daquele homem era sacrificada desnecessariamente à má cozinha. CRA 328 1 Quando fui visitar esse doente, procurei explicar-lhes tão bem como pude, como deviam fazer, e logo ele começou, aos poucos, a melhorar. Mas imprudentemente usou suas forças quando não podia ainda, e comeu pequena porção de alimento de qualidade imprópria, e de novo baqueou. Desta vez não houve remédio para ele. Seu organismo assemelhava-se a uma viva massa de corrupção. Morreu vítima da má cozinha. Procurou fazer o açúcar substituir o alimento apropriado, e tão-somente piorou a situação. CRA 328 2 Sento-me com freqüência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. Tudo quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta muito diretamente o cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais prejudicial que a carne. Estas mudanças devem ser feitas com prudência, e o assunto deve ser tratado de maneira calculada a não desgostar e suscitar preconceito às pessoas a quem queremos ensinar e ajudar. -- Testemunhos Selectos 1:190 (1870); Testimonies for the Church 2:369, 370. CRA 328 3 528. Não devemos ser dominados para pôr na boca alimento que produza uma condição mórbida, por mais que dele gostemos. Por quê? -- Porque somos propriedade de Deus. Tendes uma coroa a conquistar, um Céu a ganhar, um inferno a evitar. Então, por amor de Cristo, eu vos pergunto: Quereis ter diante de vós a luz brilhando em raios límpidos e distintos, e desviar-vos-eis dela então, dizendo: "Eu gosto disto, e gosto daquilo"? Deus concita cada um de vós a começar a planejar, a cooperar com Ele em Seu grande cuidado e amor, para elevar, enobrecer e santificar toda a alma, e corpo e espírito, a fim de sermos coobreiros de Deus. ... CRA 328 4 É melhor deixar em paz os doces. Deixai em paz aquelas sobremesas doces que são colocadas sobre a mesa. Não necessitais delas. Precisais de uma mente clara para pensar segundo a vontade de Deus. -- The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1902. Venda de guloseimas no acampamento CRA 329 1 529. Tive anos atrás um testemunho de reprovação para os gerentes em nossas reuniões campais, que levavam ao acampamento e vendiam a nosso povo queijo e outros artigos nocivos, e apresentavam doces à venda quando eu estava trabalhando para instruir os jovens e os adultos a porem o dinheiro que haviam gasto em bombons na caixa missionária, ensinando assim a seus filhos a abnegação. -- Carta 25a, 1889. CRA 329 2 530. Tem-me sido comunicada luz quanto aos alimentos providos em nossas reuniões campais. São por vezes trazidos ao acampamento artigos que não se harmonizam com os princípios da reforma de saúde. CRA 329 3 Se havemos de andar na luz a nós dada por Deus, precisamos educar nosso povo, velhos e novos, a dispensar aquelas comidas que são ingeridas apenas por condescendência com o apetite. Nossos filhos devem ser ensinados a renunciarem às coisas desnecessárias como doces, chicletes, sorvetes e outras gulodices, para que possam pôr o dinheiro poupado por sua abnegação na caixa da renúncia, das quais deve haver uma em todo lar. Por essa maneira grandes e pequenas quantias seriam economizadas para a causa de Deus. CRA 329 4 Não poucos entre os nossos, necessitam instrução acerca dos princípios da reforma de saúde. Há várias preparações inventadas por fabricantes de alimentos saudáveis, e recomendadas como perfeitamente inofensivas; tenho, porém, testemunho diverso a apresentar a esse respeito. Elas não são verdadeiramente saudáveis, e seu uso não deve ser estimulado. Precisamos apegar-nos mais estritamente a um regime simples de frutas, nozes, cereais e verduras. CRA 329 5 Não sejam trazidos para nosso acampamento comidas e artigos de confeitaria em contradição com a luz comunicada a nosso povo quanto à reforma de saúde. Não expliquemos paliativamente a tentação de condescender com o apetite, dizendo que o dinheiro recebido da venda dessas coisas será empregado para as despesas com uma boa obra. Toda tentação dessa espécie com a condescendência egoísta deve ser firmemente resistida. Não nos persuadamos a nós mesmos a fazer o que é sem proveito para o indivíduo sob pretexto de advir daí um bem. Aprendamos individualmente o que significa renunciar e ainda ser saudáveis e ativos missionários. -- Manuscrito 87, 1908. Açúcar no regime de Ellen G. White CRA 330 1 531. Tudo é simples, todavia saudável porque não é reunido ao acaso. Não temos açúcar em nossa mesa. Nossa compota, em que confiamos, são maçãs assadas ou estufadas, adoçadas segundo a exigência antes de serem postas à mesa. -- Carta 5, 1870. CRA 330 2 532. Temos usado sempre um pouco de leite e algum açúcar. Isto nunca reprovamos, seja em nossos escritos, seja em nossa pregação. Cremos que o gado se tornará tão doente que essas coisas ainda virão a ser rejeitadas, mas o tempo ainda não chegou para abolirmos inteiramente açúcar e leite em nossa mesa. -- Carta 1, 1873. CRA 331 3 533. Agora, quanto ao leite e açúcar: Sei de pessoas que ficaram atemorizadas com a reforma de saúde, e disseram que não queriam ter nada a ver com ela, por causa de falar contra o abundante uso dessas coisas. As mudanças devem ser feitas com grande cuidado; e devemos proceder cautelosa e sabiamente. Devemos seguir uma orientação que se recomende por si mesma aos homens e mulheres inteligentes da Terra. Grandes quantidades de leite e açúcar ingeridos juntos, são prejudiciais. Comunicam impurezas ao organismo. Os animais de que se obtém o leite, nem sempre são sadios. Podem estar doentes. Uma vaca pode estar aparentemente boa de manhã, e morrer antes da noite. Então, ela já estava enferma pela manhã, e seu leite estava contaminado, e vós não o sabíeis. A criação está enferma. As carnes estão infeccionadas. Pudéssemos nós saber que os animais estavam em perfeita saúde, e eu recomendaria que o povo comesse carne de preferência a grandes quantidades de leite com açúcar. Ela não causaria o mal que leite com açúcar ocasionam. O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva. -- Testimonies for the Church 2:368, 369 (1870); Testemunhos Selectos 1:190. CRA 331 1 534. Sento-me com freqüência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. -- Testimonies for the Church 2:370 (1870); Testemunhos Selectos 1:190, 191. CRA 331 2 535. Alguns usam leite e grande quantidade de açúcar em mingaus, crendo que estão seguindo a reforma de saúde. O açúcar e o leite juntos, porém, estão sujeitos a causar fermentação no estômago, sendo assim nocivos. -- [CTBH] Conselhos Sobre Saúde, 154 (1890). CRA 331 3 536. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos. -- A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). CRA 331 4 537. As sobremesas que levam tanto tempo a preparar, são, muitas delas, prejudiciais à saúde. -- Fundamentos da Educação Cristã, 227. Tentação à excesso de condescendência CRA 331 5 538. Muitas são as mesas em que, havendo o estômago recebido tudo quanto ele requer para levar avante seu trabalho de nutrir apropriadamente o organismo, vem outra série, consistindo em tortas, pudins e caldas grandemente condimentadas. ... Muitos, se bem que já tenham comido bastante, ultrapassarão os limites, e comerão a tentadora sobremesa que, entretanto, está longe de se demonstrar um bem para eles. ... Se os extraordinários oferecidos para sobremesa fossem totalmente dispensados, seria um benefício. -- Carta 73a, 1896. CRA 332 1 539. Porque é moda, em harmonia com um apetite mórbido, o bolo substancioso, tortas, e pudins e tudo quanto é nocivo, é aglomerado no estômago. A mesa deve estar carregada de variedades, do contrário o apetite corrompido não se satisfaz. Pela manhã, esses escravos do apetite estão muitas vezes com mau hálito e têm a língua saburrosa. Não gozam saúde, e cogitam por que sofrem dores, dói-lhes a cabeça, sofrem vários males. -- Spiritual Gifts 4:130 (1864). CRA 332 2 540. A família humana tem condescendido com o crescente desejo de comida requintada, até que se tornou moda acumular todas as iguarias possíveis no estômago. Especialmente nas festas, condescende-se quase sem restrições com o apetite. Toma-se parte em almoços requintados e jantares tardios, os quais consistem em carnes altamente condimentadas com molhos fortes, bem como bolos confeitados, tortas, sorvetes, etc. -- Healthful Living, 53 (1865). CRA 332 3 541. Porque é moda, muitos que são pobres e dependem do trabalho de cada dia, se dão à despesa de preparar para as visitas diversas espécies de bolos confeitados, conservas, tortas, e uma variedade de comidas da moda, as quais só prejudicam aos que delas participam; quando, ao mesmo tempo, necessitam dessa importância gasta para comprar roupas para si e seus filhos. O tempo ocupado em preparar comidas para satisfazer ao gosto à custa do estômago, devia ser consagrado à instrução moral e religiosa de seus filhos. -- Healthful Living, 54 (1865). Não faz parte do regime saudável e nutritivo CRA 332 4 542. Muitos compreendem a maneira de fazer diversas qualidades de bolos, mas esta não é a melhor qualidade de alimento a ser posta na mesa. Bolos doces, bem como os pudins e cremes, causarão perturbações nos órgãos digestivos; e por que tentaremos os que rodeiam a mesa pondo-lhes diante tais artigos? -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. CRA 333 1 543. Alimentos cárneos e bolos e tortas requintados, preparados com especiarias de qualquer espécie, não são o regime mais nutritivo e saudável. -- Testimonies for the Church 2:400 (1870). CRA 333 2 544. As sobremesas ingeridas em forma de cremes são tendentes a causar mais mal que bem. Frutas, caso possam ser obtidas, são o melhor artigo de alimentação. -- Carta 91, 1898. CRA 333 3 545. De ordinário se usa demasiado açúcar no alimento. Bolos, pudins, pastelarias, geléias, doces, são causa ativa de má digestão. Especialmente nocivos são os cremes e pudins em que o leite, ovos e açúcar são os principais elementos. Deve-se evitar o uso abundante de leite e açúcar juntos. -- A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). CRA 333 4 546. Esforcem-se diligentemente os que advogam a reforma de saúde a fazerem dela tudo quanto professam que ela é. Rejeitem qualquer coisa que seja nociva à saúde. Usem comida simples e saudável. As frutas são excelentes, e poupam muito trabalho de cozinha. Rejeitem as pastelarias requintadas, como os bolos, sobremesas e outros pratos preparados para tentarem o apetite. Comam menos qualidades de alimentos em uma refeição, e com ações de graças. -- Carta 135, 1902. Não são proibidas as sobremesas simples CRA 333 5 547. A torta simples pode servir como sobremesa, mas quando uma pessoa come dois ou três pedaços meramente para satisfazer a um apetite desordenado, desqualifica-se para o serviço de Deus. Alguns, depois de partilharem largamente de outros alimentos, comem a sobremesa, não porque dela necessitem, mas porque é saborosa. Se os convidarem a servir-se de outro pedaço, a tentação é demasiado grande para resistirem, e dois ou três pedaços de torta são acrescentados ao peso já colocado sobre o estômago. O que assim faz nunca se educou em exercer renúncia. A vítima do apetite está tão apegada a sua maneira de ser, que não pode ver o dano que se está causando a si próprio. -- Carta 17, 1895. CRA 334 1 548. Então, quando ela necessitava roupas extras, ou alimento a mais, e isto de qualidade simples se bem que nutritiva, não lhe era concedido. Seu organismo ansiava por material para converter em sangue; ele, porém, não lho provia. Uma quantidade moderada de leite e açúcar, um pouco de sal, pão branco levedado com fermento para uma variação, farinha integral preparada numa variedade de maneiras por outras mãos que não as suas próprias, bolo simples com passas, pudim de arroz com passas, ameixas e figos, ocasionalmente, e muitos outros pratos que eu poderia mencionar, haveriam satisfeito as exigências do apetite. -- Testimonies for the Church 2:383, 384 (1870). CRA 334 2 549. O alimento posto diante dos pacientes deve ser de maneira a causar-lhes boa impressão. Os ovos podem ser preparados de várias maneiras. A torta de limão não deve ser proibida. -- Carta 127, 1904. CRA 334 3 550. A sobremesa deve ser colocada na mesa e servida com o resto da comida; pois muitas vezes, depois de haver sido posto no estômago tudo quanto ele podia suportar, é trazida a sobremesa, sendo então demasiado para ele. -- Carta 53, 1898. Para mentes claras e corpos robustos CRA 334 4 551. Quisera que fôssemos todos adeptos da reforma de saúde. Oponho-me ao uso de pastelarias. Essas misturas são prejudiciais; ninguém pode ter bons órgãos digestivos e um cérebro claro, comendo largamente bolachas doces e bolo de nata e toda espécie de tortas, e partilhando de grande variedade de comidas na mesma refeição. Quando assim fazemos e depois nos resfriamos, todo o organismo fica tão obstruído e enfraquecido que não tem poder de resistência, nenhuma força para combater a doença. Eu preferiria um regime cárneo aos bolos e às pastelarias doces tão geralmente usados. -- Carta 10, 1891. CRA 334 5 552. Lembrem-se os adeptos da reforma de saúde que eles podem fazer mal publicando receitas que não recomendam a reforma. Grande cuidado precisamos tomar em fornecer receitas para cremes e pastelarias. Caso seja ingerido bolo doce com leite ou nata para sobremesa, haverá fermentação no estômago, e então os pontos fracos no organismo humano a denunciarão. O cérebro será afetado pela perturbação gástrica. Isto se pode curar facilmente se as pessoas estudarem de causa para efeito, eliminando de seu regime aquilo que prejudica os órgãos digestivos e ocasiona dor de cabeça. Pela imprudência no comer, homens e mulheres são inabilitados para a obra que poderiam efetuar sem prejuízo para si mesmos, caso comessem com simplicidade. -- Carta 142, 1900. CRA 335 1 553. Estou convencida de que ninguém precisa se pôr doente ao preparar-se para a reunião campal, uma vez que observe as leis da saúde em sua cozinha. Se não fizerem nada de bolos nem tortas, mas prepararem simples pão integral, e se proverem de frutas em compota ou secas, não precisam ficar doentes ao se prepararem para a reunião campal, tampouco durante a reunião. -- Testimonies for the Church 2:602 (1871). CRA 335 2 554. É melhor deixar de lado as coisas doces. Deixem em paz os pratos de sobremesas doces colocados à mesa. Os irmãos, deles não necessitam. Precisam de mente clara para pensar segundo a direção de Deus. Cumpre-nos agora seguir os princípios da reforma de saúde. -- The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1902. ------------------------Capítulo 20 -- Condimentos, etc. CRA 339 1 555. Os condimentos, tão freqüentemente usados pelos mundanos, são de molde a arruinar a digestão. -- Carta 142, 1900. CRA 339 2 556. Sob a denominação de estimulantes e narcóticos se acha classificada grande variedade de artigos que, conquanto usados como comida ou bebida, irritam o estômago, envenenam o sangue e excitam os nervos. Seu uso é um positivo mal. Muitos procuram a excitação dos estimulantes porque, no momento, são aprazíveis os resultados. Há sempre, porém, uma reação. O uso de estimulantes não naturais tende sempre ao excesso, sendo agente ativo em promover a degeneração e a ruína. CRA 339 3 Nesta época de pressa, quanto menos excitante for a comida, melhor. Os condimentos são prejudiciais em sua natureza. A mostarda, a pimenta, as especiarias, os picles, e coisas semelhantes, irritam o estômago e tornam o sangue febril e impuro. O estado de inflamação do estômago do bêbado é muitas vezes pintado para ilustrar os efeitos das bebidas alcoólicas. Condição semelhante de inflamação é produzida pelo uso de condimentos irritantes. Dentro em pouco a comida comum não satisfaz o apetite. O organismo sente necessidade, forte desejo de alguma coisa mais estimulante. -- A Ciência do Bom Viver, 325 (1905). CRA 339 4 557. Condimentos e especiarias usados no preparo do alimento que vai para a mesa, ajuda tanto a digestão como o chá, o café e a bebida supostamente auxiliam o trabalhador a executar sua tarefa. Havendo desaparecido os efeitos imediatos, fazem cair tão abaixo do nível quanto acima deles foram as pessoas elevadas por essas substâncias estimulantes. O organismo é enfraquecido. O sangue é contaminado, sendo inflamação o seguro resultado. -- EUT, 6 (1896). Os temperos irritam o estômago e causam desejos mórbidos CRA 339 5 558. Nossas mesas só devem apresentar a comida mais saudável, isenta de toda substância irritante. O forte desejo de tomar bebida alcoólica é estimulado pelo preparo de alimentos condimentados e com especiarias. Isto ocasiona um estado febril no organismo, e vem a sede de bebidas aliar-se à irritação. Em minhas amiudadas viagens pelo continente, não freqüento restaurantes, carros-restaurantes ou hotéis, pela simples razão de que eu não posso comer o que ali é proporcionado. Os pratos são altamente temperados com sal e pimenta, ocasionando sede quase intolerável. ... Esses pratos irritariam as delicadas membranas do estômago. ... Tal é a comida comumente servida nas mesas da moda, e dada às crianças. Seu efeito é causar nervosismo e criar uma sede que a água não pode extinguir. ... O alimento deve ser preparado da maneira mais simples possível, livre de condimentos e especiarias, e mesmo de indevida porção de sal. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. CRA 340 1 559. Muitos têm condescendido tanto com o paladar, que a menos que tenham justamente o alimento exigido pelo mesmo, não encontram prazer nele. Caso lhes sejam postas adiante comidas condimentadas, fazem o estômago trabalhar aplicando-lhe esse causticante açoite; pois esse estômago tem sido tratado de tal modo que não reconhece comida não estimulante. -- Carta 53, 1898. CRA 340 2 560. Pratos requintados são postos diante das crianças -- comidas condimentadas, molhos fortes, bolos e pastelarias. Essas comidas altamente temperadas irritam o estômago, e ocasionam apetite mórbido quanto a estimulantes ainda mais fortes. Não somente é o apetite tentado pelas comidas não apropriadas, das quais as crianças têm permissão de ingerir abundância às refeições, mas é-lhes permitido ainda comerem entre as refeições; e quando essas crianças chegam aos doze ou catorze anos, são com freqüência positivos dispépticos. CRA 340 3 Talvez já tenham visto a gravura do estômago de alguém dado à bebida forte. Estado idêntico se produz sob a influência irritante de especiarias causticantes. Com o estômago em tais condições, há um desejo mórbido de alguma coisa mais para satisfazer às exigências do apetite -- alguma coisa mais e mais forte. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 17 (1890). Seu uso, causa de desmaios CRA 341 1 561. Há uma classe que professa crer na verdade, os quais não usam fumo, rapé, chá ou café, e no entanto são culpados de satisfazer o apetite de maneira diferente. Anseiam por carnes altamente temperadas, com molhos fortes, e seu apetite tornou-se tão pervertido que nem mesmo se satisfazem com carne, a menos que seja preparada da maneira mais prejudicial. O estômago fica febril, os órgãos digestivos são sobrecarregados, e contudo o estômago trabalha arduamente para dispor da carga que lhe é imposta. Depois de haver o estômago efetuado sua tarefa, torna-se exausto, o que causa desfalecimento. Aqui é onde muitos se enganam, pensando que é a necessidade de alimento que produz essa sensação, e sem darem ao estômago tempo para descansar, tomam mais alimento, o que remove temporariamente a fraqueza. E quanto mais se condescende com o apetite, tanto mais clamará ele por satisfação. -- Spiritual Gifts 4:129 (1864). CRA 341 2 562. As especiarias irritam a princípio as tenras mucosas do estômago, mas no final destroem a natural sensibilidade dessa delicada membrana. O sangue se torna febricitante, despertam-se as propensões animais, ao passo que as faculdades morais e intelectuais são enfraquecidas, e tornam-se servas das paixões inferiores. A mãe deve cuidar em pôr diante de sua família uma alimentação simples, se bem que nutritiva. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 47; Conselhos Sobre Saúde, 114 (1890). CRA 341 3 563. As pessoas que tenham condescendido com o apetite para comer livremente carne, molhos altamente condimentados e várias espécies de bolos requintados e conservas, não podem desde logo ter prazer num regime simples e saudável. Seu paladar está tão pervertido que não têm apetite para seguir um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Não devem esperar que logo a princípio tenham prazer em tomar alimento tão diferente daquele com o qual têm condescendido. -- Spiritual Gifts 4:130 (1864). CRA 341 4 564. Com toda a preciosa luz que nos tem sido continuamente comunicada nas publicações sobre saúde, não nos podemos permitir viver descuidadamente, numa vida desatenta, comendo e bebendo a nosso bel-prazer e condescendendo com o uso de estimulantes, narcóticos e condimentos. Tomemos em consideração que possuímos uma alma a salvar ou a perder, e que é de conseqüência vital a maneira por que nos relacionamos com a questão da temperança. É de grande importância procedermos bem individualmente tendo compreensão inteligente do que devemos comer e beber, e de como nos cumpre viver a fim de conservar a saúde. Todos estamos sendo provados a ver se aceitaremos os princípios da reforma de saúde ou seguimos a direção da condescendência com o próprio eu. -- Manuscrito 33, 1909. CRA 342 1 565. O emprego do bicarbonato ou fermento em pó, no pão, é nocivo e desnecessário. O bicarbonato produz inflamação do estômago, envenenando muitas vezes todo o organismo. Muitas donas-de-casa julgam não poder fazer bom pão sem empregar o bicarbonato, mas isto é um erro. Se se derem ao incômodo de aprender melhores métodos, seu pão será mais saudável e, a um paladar natural, muito mais agradável. -- A Ciência do Bom Viver, 300, 301 (1905). CRA 343 1 566. Bolachas levedadas com bicarbonato ou fermento em pó, nunca devem aparecer quentes na mesa. Tais preparados são impróprios para entrar no estômago. Pão levedado quente de qualquer espécie é de difícil digestão. CRA 343 2 Broinhas a um tempo saudáveis e apetitosas podem ser feitas com farinha integral, misturadas com água pura, fria e leite. Mas é difícil ensinar a nosso povo simplicidade. Quando recomendamos broinha de farinha integral, nossos amigos dizem: "Oh! sim, sabemos fazê-los!" Ficamos muito decepcionados quando elas aparecem, crescidas com fermento em pó ou com leite azedo e bicarbonato. Essas pessoas não dão demonstração de reforma. A farinha integral, misturada com água pura e branda, e leite produz as melhores broinhas que já provamos. Se a água é salobra, empregue-se mais leite fresco, ou adicione-se um ovo à massa. As broinhas devem ser inteiramente assadas num forno bem aquecido, com fogo firme. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1883. CRA 343 3 567. Vejo em minhas viagens famílias inteiras sofrendo doenças em conseqüência de deficiência na cozinha. Raramente se vê em sua mesa pão saboroso, saudável. Biscoitos amarelos com bicarbonato e pão pesado e pegajoso estão estragando os órgãos digestivos de dezenas de milhares. -- The Health Reformer, Agosto de 1873. CRA 343 4 568. Alguns não sentem ser dever religioso preparar devidamente o alimento; daí não buscarem aprender a fazê-lo. Deixam o pão ficar azedo antes de assá-lo, e o bicarbonato adicionado a fim de remediar o descuido da cozinheira torna-o totalmente impróprio para o estômago humano. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 49; Conselhos Sobre Saúde, 117 (1890). CRA 343 5 569. Vemos peles emaciadas, e queixosos dispépticos onde quer que vamos. Quando nos sentamos à mesa e comemos a comida preparada da mesma maneira por que tem sido feita há meses, talvez anos, admiro-me de que essas pessoas estejam vivas. O pão e as bolachas estão amarelos de bicarbonato. Esse recurso do bicarbonato destina-se a poupar um pouco de cuidado; em virtude de esquecimento, o pão é deixado azedar muitas vezes antes de assar, e para remediar o mal, acrescenta-se uma grande porção de bicarbonato, o que apenas o torna totalmente impróprio para o estômago humano. O bicarbonato não deve ser de forma alguma introduzido no estômago; pois seu efeito é terrível. Ele corrói as mucosas do estômago, ocasiona inflamação, e envenena com freqüência todo o organismo. Alguns alegam: "Não posso fazer broinhas ou bom pão a não ser que empregue bicarbonato ou fermento em pó." Certamente poderão, se se tornarem alunos e estiverem dispostos a aprender. Não é a saúde de sua família de suficiente valor para inspirar-lhes a ambição de aprender a cozinhar e a comer? -- Testimonies for the Church 2:537 (1870). CRA 344 1 570. Não useis sal em quantidade, evitai as conservas e comidas condimentadas, servi-vos de abundância de frutas e a irritação que reclama tanta bebida nas refeições desaparecerá em grande parte. -- A Ciência do Bom Viver, 305 (1905). CRA 344 2 571. Cumpre preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não se deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal, em vez de produzir efeito deletério, é realmente essencial para o sangue. -- Testimonies for the Church 9:162 (1909); Testemunhos Selectos 3:362. CRA 344 3 572. Uma vez o Dr. _____ procurou ensinar nossa família a cozinhar segundo a reforma de saúde, tal como ele a entendia, sem sal nem qualquer outra coisa que temperasse a comida. Bem, decidi experimentar, mas fiquei com as forças tão reduzidas que tive de mudar; e começamos um método diferente, com grande êxito. Digo-vos isto porque sei que vos encontrais em real perigo. O alimento deve ser preparado de maneira que seja nutritivo. Não devia ser privado daquilo que o organismo necessita. ... CRA 344 4 Uso algum sal, e tenho-o sempre, porque segundo a instrução que me foi dada por Deus, esse artigo, em vez de ser deletério, é realmente essencial ao sangue. Os porquês e para quês disto, não sei, mas transmito-lhes a instrução segundo me foi dada. -- Carta 37, 1901. CRA 345 1 573. Nesta época de pressa, quanto menos estimulante for a comida, melhor. Os condimentos são prejudiciais em sua natureza. A mostarda, a pimenta, as especiarias, os picles, e coisas semelhantes, irritam o estômago e tornam o sangue febril e impuro. -- A Ciência do Bom Viver, 325 (1905). CRA 345 2 574. Achava-me uma vez a uma mesa com várias crianças abaixo de doze anos. Foi servida carne em abundância, e então uma menina delicada e nervosa pediu picles. Entregaram-lhe um frasco de picles mistos, ardente de mostarda e picante de outros condimentos, e disso ela se serviu abundantemente. A criança era conhecida por seu nervosismo e irritabilidade de temperamento, e esses condimentos ardentes, eram de molde a produzir tal condição. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 61, 62; Fundamentos da Educação Cristã, 150, 151 (1890). CRA 345 3 575. Os pastéis de carne e os picles, que jamais deveriam encontrar lugar em qualquer estômago humano, proporcionarão mísera qualidade de sangue. -- Testimonies for the Church 2:368 (1870); Testemunhos Selectos 1:190. CRA 345 4 576. Os órgãos que produzem o sangue não podem converter condimentos, pastéis de carne, picles e carnes doentes em sangue bom. -- Testimonies for the Church 2:383 (1870). CRA 345 5 577. Não useis sal em quantidade, evitai os picles e comidas condimentadas, servi-vos de abundância de frutas, e a irritação que requer tanta bebida nas refeições desaparecerá em grande parte. -- A Ciência do Bom Viver, 305 (1905). Vinagre CRA 345 6 578. As saladas são preparadas com óleo e vinagre, há fermentação no estômago, e a comida não é digerida, mas decompõe-se ou apodrece; em conseqüência, o sangue não é nutrido, mas fica cheio de impurezas, e surgem perturbações hepáticas e renais. -- Carta 9, 1887. ------------------------Capítulo 21 -- Gorduras Reforma progressiva CRA 349 1 579. Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. CRA 349 2 Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. -- Testimonies for the Church 7:135 (1902); Testemunhos Selectos 3:138. CRA 349 3 580. A manteiga é menos nociva quando comida no pão, do que empregada na cozinha; mas, em regra, melhor é dispensá-la inteiramente. -- A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). Substituir por azeitonas, nata, nozes e comidas saudáveis CRA 349 4 581. As azeitonas podem ser preparadas de modo tal que sejam comidas com bons resultados em cada refeição. O proveito visado com o uso da manteiga pode ser obtido substituindo-a por azeitonas devidamente preparadas. O óleo das azeitonas corrige a constipação, e para os tuberculosos e os que sofrem de inflamação e irritação do estômago, ela é melhor do que qualquer medicamento. Como alimento, é melhor do que qualquer gordura de segunda mão, de origem animal. -- Testimonies for the Church 7:134 (1902); Testemunhos Selectos 3:137. CRA 350 1 582. Quando devidamente preparadas, as azeitonas, como as nozes, substituem a manteiga e as comidas de carne. O azeite, comido na oliva, é muito preferível à gordura animal. Atua como laxativo. Seu uso se verificará benéfico aos tuberculosos, sendo também medicinal para o estômago inflamado, irritado. -- A Ciência do Bom Viver, 298 (1905). CRA 350 2 583. A indústria de alimentos saudáveis está em necessidade de meios e da ativa cooperação de nosso povo, para que efetue a obra que deve realizar. Seu desígnio é fornecer ao povo o alimento que tome o lugar da carne, e também leite e manteiga, os quais, devido a doenças do gado, estão-se tornando mais e mais objetáveis. -- Australasian Union Conference Record, 1 de Janeiro de 1900. Não o melhor para crianças CRA 350 3 584. Tem-se permitido que as crianças comam carne, condimentos, manteiga, queijo, carne de porco, pastelarias e temperos em geral. Também se lhes permite comer irregularmente e entre as refeições alimentos não saudáveis. Estas coisas realizam a sua obra de desarranjar o estômago, excitando os nervos a ação fora do natural, e debilitam o intelecto. Não compreendem os pais que estão semeando a semente que produzirá enfermidade e morte. -- Testimonies for the Church 3:136 (1873). O uso à vontade prejudica a digestão CRA 350 4 585. Não se deve pôr manteiga à mesa; porque se assim se fizer, alguns dela se servirão à vontade, o que prejudicará a digestão. O irmão, porém, poderia ocasionalmente usar um pouco de manteiga no pão frio, caso isto torne o alimento mais apetecível. Isto lhe faria muito menos mal do que limitar-se ao preparo de alimentos que não são saborosos. -- Carta 37, 1901. Quando não se pode obter a manteiga mais pura CRA 351 1 586. Não como senão duas refeições por dia, e sigo ainda a luz que foi comunicada trinta e cinco anos atrás. Não como carne. Quanto a mim, assentei a questão da manteiga. Não a uso. Esta questão deve ser facilmente assentada em todo lugar onde não se possa conseguir o artigo mais puro. Temos duas boas vacas de leite, uma Jersey e uma Holandesa. Usamos nata, e todos estamos satisfeitos com isto. -- Carta 45, 1903. Não deve ser classificada como alimento cárneo CRA 351 2 587. Leite, ovos e manteiga não devem ser classificados como alimentos cárneos. Em alguns casos o uso dos ovos é benéfico. Não chegou o tempo de dizer que o uso de leite e ovos devam ser de todo rejeitados. Há famílias pobres cuja alimentação consiste grandemente em pão e leite. Têm pouca fruta, e não se podem permitir comprar os alimentos substitutos da carne. No ensino da reforma de saúde, como em toda outra obra evangelística, temos de ir ao encontro do povo onde este se encontra. Até que lhes possamos ensinar a preparar alimentos segundo a reforma de saúde, apetitosos e nutritivos, ao mesmo tempo que pouco dispendiosos, não estamos na liberdade de apresentar as mais avançadas proposições quanto ao regime da reforma de saúde. -- Testimonies for the Church 7:135 (1902). Permitir que os outros tenham suas convicções CRA 351 3 588. Devemos lembrar que há demasiados tipos de mentalidades no mundo, e não podemos esperar que cada um veja exatamente como nós em todas as questões de alimentação. As mentes não seguem exatamente a mesma direção. Eu não como manteiga, mas há membros de minha família que o fazem. Ela não é posta em minha mesa; mas não molesto alguns membros de minha família que preferem comê-la ocasionalmente. Muitos de nossos irmãos conscienciosos têm manteiga à mesa, e não me sinto na obrigação de forçá-los a proceder contrariamente. Estas coisas nunca devem causar perturbação entre os irmãos. Não posso ver a necessidade de manteiga onde há abundância de frutas e de nata esterilizada. CRA 352 1 Os que amam e servem a Deus devem ser deixados seguir suas próprias convicções. Talvez nós não nos sintamos justificados procedendo como eles, mas não devemos permitir que diferenças de opinião criem desuniões. -- Carta 331, 1904; Medicina e Salvação, 269. CRA 352 2 589. Não posso deixar de ver que vos estais esforçando da melhor maneira para viver segundo os princípios da reforma de saúde. Cuidai quanto à economia em tudo, mas não vos priveis do regime alimentar que o organismo requer. Quanto aos alimentos de nozes, muitos há que os não podem ingerir. Se vosso marido gosta de manteiga, deixai-o comê-la até que se convença de que isto não é o melhor para sua saúde. -- Carta 104, 1901. Cautela com extremos CRA 352 3 590. Há perigo de que ao apresentar os princípios da reforma de saúde alguns estejam a favor de introduzir mudanças que seriam mais nocivas que benéficas. A reforma de saúde não deve ser recomendada de maneira radical. Nas condições presentes, não podemos dizer que leite, ovos e manteiga devam ser de todo rejeitados. Devemos ser cautelosos em não fazer inovações, porque sob a influência de ensinos extremados, há almas conscienciosas que certamente irão a extremos. Sua aparência física prejudicará a causa da reforma de saúde; pois poucos sabem como substituir devidamente os alimentos que rejeitam. -- Carta 98, 1901. CRA 352 4 591. Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso de manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. CRA 353 1 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Destarte a reforma de saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado erigir solidamente, confunde-se com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja se paralisam. Mas Deus intervirá para evitar os resultados de idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus. -- Testimonies for the Church 9:162 (1909); Testemunhos Selectos 3:362. CRA 353 2 592. Dizem os pobres, quando lhes é apresentada a reforma de saúde: "Que comeremos nós? Não nos é possível adquirir os substitutos da carne." Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que comam a comida que é mais nutritiva. Não lhes posso dizer: "Vocês não devem comer ovos ou leite ou nata. Não devem usar manteiga no preparo do alimento." O evangelho deve ser pregado aos pobres, e não chegou ainda o tempo de prescrever o regime mais rigoroso. ... Deus guiará CRA 353 3 Desejo dizer, porém, que ao chegar o tempo em que não é mais seguro usar leite, nata, manteiga e ovos, Deus o revelará. Não se devem advogar extremos na reforma de saúde. A questão de usar leite e manteiga e ovos resolverá seu próprio problema. Atualmente não nos preocupamos nesse sentido. Seja a vossa moderação conhecida a todos os homens. -- Carta 37, 1901. CRA 353 4 593. Muitos não acham ser isto questão de dever, daí não procuram preparar devidamente a comida. Esse preparo pode ser feito de maneira simples, saudável e fácil, sem emprego de banha, manteiga ou alimentos cárneos. A habilidade deve aliar-se à simplicidade. Para isto fazer, as mulheres devem ler, e então pôr pacientemente em prática aquilo que lêem. -- Testimonies for the Church 1:681 (1868). CRA 354 1 594. Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, livres de especiarias e gordura animal de qualquer espécie, fazem, com leite ou nata, o mais saudável regime dietético. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 47; Conselhos Sobre Saúde, 115 (1890). CRA 354 2 595. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. A irmã deve evitar a gordura. Ela prejudica qualquer espécie de prato que prepareis. -- Testimonies for the Church 2:63 (1868); Testemunhos Selectos 1:195. CRA 354 3 596. Muita mãe põe a mesa de maneira que se torna uma cilada para a família. Alimentos cárneos, manteiga, queijo, rica pastelaria, alimentos requintados e condimentos são usados livremente, por velhos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, excitando os nervos e enfraquecendo o intelecto. Os órgãos produtores do sangue não podem converter esses artigos em bom sangue. A gordura cozida com o alimento torna-o de digestão difícil. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 46, 47; Conselhos Sobre Saúde, 114 (1890). CRA 354 4 597. Não julgamos que batata frita seja saudável, pois há mais ou menos gordura ou manteiga em seu preparo. Boas batatas assadas ou cozidas servidas com nata e um pouquinho de sal, são as mais saudáveis. As sobras das batatas inglesas e batatas-doces são preparadas com um pouco de nata e sal, e tornadas assar, e não fritar; são excelentes. -- Carta 322, 1905. CRA 354 5 598. Que todos quantos se sentam a vossa mesa vejam sobre ela comida bem cozida, saudável, saborosa. Sede muito cuidadoso com o que comeis e bebeis, irmão _____, de maneira que não continueis a ter um corpo doentio. Comei regularmente, e só comida isenta de gordura. -- Carta 297, 1904. CRA 354 6 599. Um regime simples, livre de especiarias e carnes e gordura animal de qualquer espécie, demonstrar-se-vos-ia um benefício, e pouparia a vossa esposa muito sofrimento, desgosto e desânimo. -- Testimonies for the Church 2:45 (1868). CRA 355 1 600. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. -- Testimonies for the Church 2:352 (1869); Testemunhos Selectos 1:262. Parte de um regime nutritivo e saboroso CRA 355 2 601. Deus forneceu ao homem abundantes meios para a satisfação de um apetite não pervertido. Estendeu diante dele os produtos da terra -- bela variedade de alimentos agradáveis ao paladar, e nutritivos para o organismo. Dessas coisas nosso benévolo Pai celeste diz que podemos comer livremente. Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, livres de especiarias e gordura animal de qualquer espécie, fazem com leite ou nata, o mais saudável regime dietético. Comunicam nutrição ao corpo, e dão um poder de resistência e um vigor de intelecto não produzidos por um regime estimulante. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 47; Conselhos Sobre Saúde, 114, 115 (1890). CRA 355 3 602. Cumpre preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não se deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal, em vez de produzir efeito deletério, é realmente essencial para o sangue. Os vegetais devem tornar-se saborosos com um pouco de leite, nata, ou algo equivalente. ... CRA 355 4 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Destarte a reforma de saúde perde o seu prestígio. ... CRA 355 5 Tempo virá em que talvez tenhamos que deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidades para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperai até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare o caminho para isso. -- Testimonies for the Church 9:162 (1909); Testemunhos Selectos 3:362. O perigo do leite duvidoso CRA 356 1 603. Leite, ovos e manteiga não devem ser classificados como alimento cárneo. Nalguns casos o uso de ovos é proveitoso. Não chegou ainda o tempo de dizer que deva ser inteiramente abandonado o uso de leite e ovos. Famílias pobres existem, cuja alimentação consiste grandemente em pão e leite. Usam pouca fruta, e não podem comprar alimentos como as nozes. No ensino da reforma do regime alimentar, como em todo outro ramo do evangelho, devemos considerar as pessoas em sua verdadeira situação. Até que possamos ensiná-las a prepararem alimento saudável que seja apetitoso, nutritivo, e ao mesmo tempo econômico, não temos a liberdade de apresentar-lhes as sugestões mais avançadas referentes à reforma alimentar. CRA 356 2 Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda a criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. -- Testimonies for the Church 7:135 (1902); Testemunhos Selectos 3:138. CRA 356 3 604. Temos usado sempre um pouco de leite e algum açúcar. Isto nunca condenamos, seja em nossos escritos, seja nas pregações. Cremos que o gado ficará tão doente que essas coisas ainda serão rejeitadas, mas ainda não chegou o tempo de abolir de nossa mesa inteiramente o açúcar e o leite. -- Carta 1, 1873. CRA 356 4 605. Os animais de que se obtém o leite, nem sempre são sãos. Podem estar doentes. Uma vaca pode estar aparentemente boa de manhã, e morrer antes da noite. Então, ela já estava enferma pela manhã, e seu leite estava contaminado, e vós não o sabíeis. A criação animal está enferma. -- Testemunhos Selectos 1:190 (1870). CRA 357 1 606. A luz que me foi comunicada é que não tardará muito a que tenhamos de abandonar alimentos animais. Mesmo o leite terá de ser deixado. As doenças estão-se acumulando rapidamente. A maldição de Deus está sobre a Terra, porque o homem a amaldiçoou. -- Australasian Union Conference Record, 28 de Julho de 1899. Esterilização do leite CRA 357 2 607. O leite que se usa deve ser perfeitamente esterilizado; com esta precaução, há menos perigo de contrair doenças por seu uso. -- A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). CRA 357 3 608. Pode vir o tempo em que não seja seguro usar leite. Se, porém, as vacas são sadias e o leite cabalmente fervido, não há necessidade de criar antecipadamente um tempo de angústia. -- Carta 39, 1901. Substituto para manteiga CRA 357 4 609. Faço apenas duas refeições por dia, e sigo ainda a luz que me foi comunicada trinta e cinco anos atrás. Não uso carne. Quanto a mim mesma, assentei a questão da manteiga. Não a uso. Esta questão devia ser facilmente assentada em todo lugar em que não se pode encontrar o artigo mais puro. Temos boas vacas leiteiras, uma Jersey e uma Holandesa. Usamos nata, e todos ficam satisfeitos com isto. -- Carta 45, 1903. CRA 357 5 610. Não posso ver a necessidade de manteiga onde há abundância de frutas e nata esterilizada. -- Carta 331, 1904; Medicina e Salvação, 269. CRA 357 6 611. Não pomos manteiga à mesa. Nossas verduras são geralmente preparadas com leite ou nata, e feitas de maneira muito saborosa. ... Achamos que uma moderada porção de leite de uma vaca sã não é objetável. -- Carta 5, 1870. Não é o melhor o regime mais estrito CRA 358 1 612. Temos de ser postos em contato com as massas. Fosse-lhes ensinada a reforma de saúde em sua forma mais extrema, e causaria dano. Pedimos-lhes que deixem de comer carne e tomar café e chá. Isto é bom. Mas dizem alguns que também o leite deve ser abandonado. Isto é um assunto a ser tratado cuidadosamente. Famílias pobres há cujo regime alimentar consiste em pão e leite, e, se o podem obter, um pouco de fruta. Toda alimentação cárnea deve ser abandonada, mas as verduras devem ser preparadas de modo apetitoso com um pouco de leite ou de nata, ou alguma coisa equivalente. Dizem os pobres ao ser-lhes apresentada a reforma de saúde: "Que havemos de comer? Não nos podemos permitir comprar os substitutos da carne." Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que comam os alimentos mais nutritivos. Não lhes posso dizer: "Não comam ovos, ou leite ou nata. Vocês não devem usar manteiga no preparo do alimento." O evangelho deve ser pregado aos pobres, e ainda não veio o tempo de prescrever o mais estrito regime dietético. CRA 358 2 Virá o tempo em que teremos de rejeitar alguns dos artigos de alimentação que agora usamos, tais como o leite e a nata e os ovos, mas minha mensagem é que os irmãos precisam não se meter num tempo de angústia antecipado, afligindo-se assim com a morte. Esperem até que o Senhor prepare o caminho em sua frente. CRA 358 3 Asseguro-vos que vossas idéias quanto ao regime para os doentes não é aconselhável. A mudança é demasiado grande. Se bem que eu rejeitasse a carne como nociva, pode ser usada alguma coisa menos objetável, e isto se encontra nos ovos. Não excluais o leite da mesa, nem proibais que ele seja usado no preparo de alimentos. Deve ser procurado leite de vacas sãs, e deve ser esterilizado. CRA 358 4 Virá o tempo em que o leite não poderá ser usado tão livremente como agora; mas o presente, não é o tempo de rejeitá-lo. ... CRA 359 1 Desejo dizer, porém, que quando vier o tempo em que não mais é garantido usar leite, nata, manteiga e ovos, Deus o revelará. Nenhuns extremos devem ser advogados na reforma de saúde. A questão de usar leite, manteiga e ovos resolverá seu próprio problema. Por enquanto não temos nenhuma preocupação a esse respeito. Seja vossa moderação notória a todos os homens. -- Carta 37, 1901. Deus proverá CRA 359 2 613. Vemos que o gado está ficando grandemente atacado de doenças, a própria Terra está corrompida, e sabemos que virá o tempo em que não será o melhor usar leite e ovos. Esse tempo, todavia, ainda não chegou. Sabemos que quando ele vier, o Senhor proverá. Perguntam, e isso significa muito para as pessoas interessadas: Porá Deus uma mesa no deserto? Acho que a resposta pode ser dada: Sim, Deus proverá alimento para Seu povo. CRA 359 3 Em todas as partes do mundo serão tomadas providências para substituir leite e ovos. E o Senhor nos fará saber quando chegar o tempo de abandonar esses artigos. Ele deseja que todos sintam que possuem um benévolo Pai celeste que os instruirá em tudo. O Senhor dará a Seu povo em todas as partes do mundo, arte e habilidade no regime alimentar, ensinando-lhes a maneira de usar para sustento os produtos da terra. -- Carta 151, 1901. CRA 359 4 614. Quando devidamente preparadas, as azeitonas, como as nozes, substituem a manteiga e as comidas de carne. O azeite, comido na oliva, é muito preferível à gordura animal. Atua como laxativo. Seu uso se verificará benéfico aos tuberculosos, sendo também medicinal para um estômago inflamado, irritado. -- A Ciência do Bom Viver, 298 (1905). CRA 359 5 615. As azeitonas podem ser preparadas de modo tal que sejam comidas com bons resultados em cada refeição. O proveito visado com o uso da manteiga pode ser obtido substituindo-a por azeitonas devidamente preparadas. O óleo das azeitonas corrige a constipação, e para os tuberculosos e os que sofrem de inflamação e irritação do estômago, ela é melhor do que qualquer medicamento. Como alimento, é melhor do que qualquer gordura de segunda mão, de origem animal. -- Testemunhos Selectos 3:137 (1902). CRA 360 1 616. O óleo de oliva é um remédio para prisão de ventre e doença dos rins. -- Carta 14, 1901. ------------------------Capítulo 22 -- Proteínas Parte de um regime apropriado CRA 363 1 617. Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. Estes alimentos, preparados da maneira mais simples e natural possível, são os mais saudáveis e nutritivos. Proporcionam uma força, uma resistência e vigor intelectual, que não são promovidos por uma alimentação mais complexa e estimulante. -- A Ciência do Bom Viver, 296 (1905). CRA 363 2 618. Nos cereais, frutas, verduras e nozes devem encontrar-se todos os elementos alimentícios de que necessitamos. Se chegarmos ao Senhor em singeleza de espírito, Ele nos ensinará a preparar comida saudável livre da contaminação da carne. -- Manuscrito 27, 1906. Alimentos com nozes cuidadosamente preparados e baratos CRA 363 3 619. Deus nos tem dado ampla variedade de comidas saudáveis, e cada pessoa deve escolher dentre elas aquelas que a experiência e o são juízo demonstram ser as mais convenientes às suas próprias necessidades. CRA 363 4 As abundantes provisões de frutas, nozes e cereais da Natureza, são amplas; e de ano para ano os produtos de todas as terras são mais geralmente distribuídos por todos, devido às facilidades de transporte. ... CRA 363 5 As nozes e as comidas com elas preparadas, estão-se tornando largamente usadas, substituindo os pratos de carne. Com as nozes se podem combinar cereais, frutas e alguns tubérculos, preparando pratos saudáveis e nutritivos. Deve-se cuidar, no entanto, em não usar grande proporção de nozes. Os que percebem os maus efeitos do uso das nozes, talvez consigam afastar o mal mediante essa precaução. -- A Ciência do Bom Viver, 297, 298 (1905). CRA 364 1 620. Deve-se tomar muito tempo para aprender a preparar alimentos com nozes. Importa, porém, cuidar em não reduzir o cardápio a uns poucos artigos, usando pouco mais que os alimentos com nozes assim preparados. A maioria de nosso povo não pode obter os preparados com as várias espécies de nozes; poucos sabem prepará-las bem para o uso, ainda que as possam comprar. -- Carta 177, 1901. CRA 364 2 621. Os alimentos usados devem corresponder ao clima. Alguns alimentos adequados a um país, não serviriam absolutamente em outro lugar. E os alimentos preparados com nozes devem ser tornados o menos dispendiosos possível, de maneira a estarem ao alcance dos pobres. -- Carta 14, 1901. A proporção de nozes em relação a outros ingredientes CRA 364 3 622. É preciso dispensar cuidadosa atenção ao devido uso de alimentos preparados com nozes. Algumas espécies dessas nozes não são tão saudáveis como outras. Não reduzais o cardápio a alguns artigos, consistentes em grande parte de comidas preparadas com nozes. Estas comidas não devem ser usadas com abundância. Caso o fossem mais parcimoniosamente por alguns, mais satisfatórios seriam os resultados. Na combinação feita em largas proporções com outros artigos, em algumas das receitas dadas, torna-se o alimento demasiado rico para o organismo assimilar. -- Carta 135, 1902. CRA 364 4 623. Foi-me instruído que o alimento composto de frutos oleaginosos é muitas vezes usado sem critério, que é usado em quantidade demasiada, e que alguns deles não são tão saudáveis quanto outros. A amêndoa é preferível ao amendoim; mas este, em pequena quantidade, pode ser usado juntamente com cereais para formar um alimento nutritivo e digesto. -- Testimonies for the Church 7:134 (1902); Testemunhos Selectos 3:137. CRA 364 5 624. Três anos atrás recebi uma carta, dizendo: "Não posso comer os alimentos preparados com nozes: meu estômago não os digere." Eram-me então apresentadas várias receitas; uma era de que devia haver outros ingredientes combinados às nozes, os quais com elas se harmonizassem, e não se empregasse tão grande proporção dessas nozes. De um décimo a um sexto de nozes devia ser suficiente, variando segundo as combinações. Experimentamos isso, e com êxito. -- Carta 188, 1901. O uso de ovos tornar-se-á cada vez menos seguro CRA 365 1 625. Os que residem em novos países, ou em distritos pobres, onde são escassas as frutas e as nozes, não deviam ser incitados a excluir o leite e os ovos de seu regime dietético. É verdade que pessoas de físico forte e em quem as paixões são vigorosas, precisam evitar o uso de comidas estimulantes. Especialmente nas famílias de crianças dadas a hábitos sensuais, os ovos não devem ser usados. Mas no caso de pessoas cujos órgãos produtores do sangue são fracos -- especialmente se não podem obter outros alimentos que forneçam os elementos necessários -- leite e ovos não deviam ser de todo abandonados. Grande cuidado, no entanto, deve ser exercido para que o leite seja de vacas sãs, e da mesma maneira os ovos venham de aves sadias e bem alimentadas e cuidadas; e os ovos sejam preparados de modo a serem facilmente digestos. CRA 365 2 A reforma dietética deve ser progressiva. À medida que as doenças aumentam nos animais, o emprego de leite e ovos se tornará cada vez menos livre de perigo. Deve-se fazer um esforço para os substituir com outras coisas que sejam saudáveis e pouco dispendiosas. O povo de toda parte deve ser ensinado a cozinhar sem leite e ovos, isto o quanto possível, fazendo não obstante comida sã e apetecível. -- A Ciência do Bom Viver, 320, 321 (1905). Não devem ser classificados como alimento cárneo CRA 365 3 626. Leite, ovos e manteiga não devem ser classificados como alimento cárneo. Nalguns casos o uso de ovos é proveitoso. Não chegou ainda o tempo de dizer que deva ser inteiramente abandonado o uso de leite e ovos. ... CRA 366 1 Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniquidade da raça caída, toda a criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. -- Testimonies for the Church 7:135 (1902); Testemunhos Selectos 3:138. Excitante para crianças CRA 366 2 627. Devíeis estar ensinando vossos filhos. Devíeis estar instruindo-os a evitar os vícios e corrupções deste século. Em lugar disto, muitos estão pensando em arranjar alguma coisa boa para comer. Pondes na mesa manteiga, ovos e carne, e vossos filhos deles participam. São alimentados justo com os artigos que lhes incitarão as paixões animais, e depois ides à reunião e pedis que Deus abençoe e salve vossos filhos. Até que altura subirão vossas orações? Cumpre-vos fazer uma obra antes. Quando houverdes feito por vossos filhos tudo quanto Deus vos deixou para fazer, então podereis reclamar confiantemente o auxílio especial que Deus prometeu dar-vos. -- Testimonies for the Church 2:362 (1870). Há propriedades medicinais nos ovos; cautela quanto aos extremos CRA 366 3 628. Não vades a extremos na questão da reforma de saúde. Alguns de nossos membros são muito negligentes no que respeita a ela. Mas porque alguns ficam muito para trás, não deveis vós, para lhes serdes um exemplo, tornar-vos extremista. Não deveis privar-vos da espécie de alimento que vos proporciona bom sangue. Vossa dedicação aos princípios verdadeiros está a levar-vos a submeter-vos a um regime que vos coloca numa situação não recomendável para a reforma de saúde. Tal é o perigo em que vos encontrais. Quando virdes que vos estais enfraquecendo fisicamente, é essencial fazer mudanças, e quanto antes. Acrescentai a vosso regime alguma coisa que tendes deixado fora. É vosso dever fazer isto. Arranjai ovos de aves sadias. Usai esses ovos cozidos ou crus. Ponde-os crus no melhor vinho não fermentado que puderdes encontrar. Isto suprirá o que é necessário a vosso organismo. Não penseis nem por um momento que não é justo assim proceder. ... CRA 367 1 Virá o tempo em que não se poderá usar o leite abundantemente como agora; mas o presente não é tempo de rejeitá-lo. E os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. ... No regime dietético do sanatório CRA 367 2 Se bem que eu rejeite a carne como nociva, alguma coisa menos objetável pode ser usada, e isto se encontra nos ovos. Não retireis o leite da mesa nem proibais que ele seja usado no preparo dos alimentos. O leite empregado deve ser obtido de vacas sadias, e esterilizado. ... CRA 367 3 Desejo dizer, porém, que quando chegar o tempo em que não mais é garantido usar leite, nata, manteiga e ovos, Deus o revelará. Não se devem advogar nenhuns extremos na reforma de saúde. A questão de usar leite, manteiga e ovos solucionará seu próprio problema. Atualmente, não temos nenhuma preocupação nesse sentido. Seja a vossa moderação notória a todos os homens. -- Carta 37, 1901. CRA 367 4 629. Quando me chegou às mãos uma carta de Cooranbong, dizendo que o Dr. _____ estava para morrer, fui instruída naquela noite quanto a necessitar ele de uma mudança de regime. Um ovo cru duas ou três vezes ao dia, ministrar-lhe-ia a nutrição de que ele estava grandemente a carecer. -- Carta 37, 1904. CRA 367 5 630. Os que chegam para o sanatório devem ser providos de comida saudável preparada da maneira mais saborosa em harmonia com os retos princípios. Não podemos esperar que eles vivam exatamente como nós. ... A comida colocada diante dos doentes deve ser de molde a causar impressão favorável. Podem-se preparar ovos de maneiras variadas. -- Carta 127, 1904. Falha na substituição dos elementos nutritivos CRA 368 1 631. Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso de manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. CRA 368 2 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Destarte a reforma de saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado erigir solidamente, confunde-se com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja se paralisam. Mas Deus intervirá para evitar os resultados de idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus. CRA 368 3 Tempo virá em que talvez tenhamos que deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidades para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperai até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare caminho para isso. -- Testimonies for the Church 9:162 (1909); Testemunhos Selectos 3:362. Impróprio para alimentação CRA 368 4 632. Queijo nunca deve ser introduzido no estômago. -- Testimonies for the Church 2:68 (1868). CRA 368 5 633. A manteiga é menos nociva quando comida no pão, do que empregada na cozinha; mas, em regra, melhor é dispensá-la inteiramente. O queijo é ainda mais objetável. É totalmente impróprio como alimento. -- A Ciência do Bom Viver, 302 (1905). CRA 368 6 634. Muitas mães põem a mesa de maneira que se torna uma cilada para a família. Alimentos cárneos, manteiga, queijo, ricas pastelarias, alimentos temperados e condimentos são usados livremente por velhos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, excitando os nervos e enfraquecendo o intelecto. Os órgãos produtores de sangue não podem converter esses artigos em bom sangue. A gordura cozida com o alimento torna-o de difícil digestão. O efeito do queijo é deletério. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 46, 47; Conselhos Sobre Saúde, 114 (1890). CRA 369 1 635. Às crianças tem-se permitido comer carne, condimentos, manteiga, queijo, carne de porco, pastelarias, e especiarias em geral. É-lhes permitido comer irregularmente e entre as refeições, alimentos não saudáveis. Essas coisas realizam o seu trabalho de transtornar o estômago, excitando os nervos a ação fora do natural, e debilitam o intelecto. Não compreendem os pais que estão semeando a semente que produzirá enfermidade e morte. -- Testimonies for the Church 3:136 (1873). CRA 369 2 636. Ao iniciarmos nossa reunião campal em Nora, Illinois, senti ser meu dever fazer algumas observações quanto a sua maneira de comer. Relatei o que infelizmente ocorrera com alguns em Marion, e disse-lhes que responsabilizava por isto os desnecessários preparativos feitos para a reunião, e também o comer durante as mesmas os artigos desnecessários que haviam preparado. Alguns levaram queijo para a reunião, e o comeram; se bem que novo, ele era positivamente demasiado forte para o estômago, e nunca aí deveria ser introduzido. -- The Review and Herald, 19 de Julho de 1870. CRA 369 3 637. Foi decidido que em certa reunião campal, não se vendesse queijo aos que se encontravam no acampamento; ao chegar ali, porém, o Dr. Kellogg, para surpresa sua, verificou que grande quantidade de queijo fora comprada para vender na mercearia. Ele e outros objetaram a isto, mas os encarregados da mercearia disseram que o queijo havia sido comprado com o consentimento do irmão _____, e que não podiam perder o dinheiro nele empregado. Diante disso, o Dr. Kellogg perguntou o preço do queijo, e comprou-o todo, deles. Ele seguira a questão de causa para efeito, e sabia que alguns alimentos geralmente considerados saudáveis, eram muito prejudiciais. -- Carta 40, 1893. Costume da Sra. White CRA 370 1 638. Quanto ao queijo, estou agora inteiramente certa de que não o compramos nem o pusemos à nossa mesa por anos. Nunca pensamos em fazer do queijo artigo de alimentação, muito menos em comprá-lo. -- Carta 1, 1875. ------------------------Capítulo 23 -- Carnes (continuação de proteínas) Regime cárneo -- Conseqüência do pecado CRA 373 1 639. Deus deu aos nossos primeiros pais o alimento que pretendia que a raça humana comesse. Era contrário ao Seu plano que se tirasse a vida a qualquer criatura. Não devia haver morte no Éden. Os frutos das árvores do jardim eram o alimento que as necessidades do homem requeriam. Deus não deu ao homem permissão para comer alimento animal, senão depois do dilúvio. Fora destruído tudo que pudesse servir para a subsistência do homem, e diante da necessidade deste, o Senhor deu a Noé permissão de comer dos animais limpos que ele levara consigo na arca. Mas não era o alimento animal o artigo de alimentação mais saudável para o homem. CRA 373 2 O povo que viveu antes do dilúvio comia alimento animal e satisfazia suas concupiscências até encher-se sua taça de iniqüidade, e Deus purificou a Terra de sua poluição moral, por um dilúvio. Então repousou sobre a Terra a terceira e terrível maldição. A primeira maldição foi pronunciada sobre a posteridade de Adão e sobre a Terra, por causa da desobediência. A segunda maldição veio sobre o solo, depois de haver Caim matado seu irmão Abel. A terceira e mais terrível maldição de Deus sobreveio à Terra por ocasião do dilúvio. CRA 373 3 Depois do dilúvio o povo comeu à vontade do alimento animal. Deus viu que os caminhos do homem eram corruptos, e que o mesmo estava disposto a exaltar-se orgulhosamente contra seu Criador, seguindo as inclinações de seu próprio coração. E permitiu Ele que aquela raça de gente longeva comesse alimento animal, a fim de abreviar sua vida pecaminosa. Logo após o dilúvio o gênero humano começou a decrescer rapidamente em tamanho, e na extensão dos anos. -- Spiritual Gifts 4:121, 122 (1864). Depravação antediluviana CRA 373 4 640. Os habitantes do Velho Mundo eram intemperantes no comer e beber. Queriam ter alimento cárneo, embora Deus não lhes houvesse dado permissão de comer alimento animal. Comiam e bebiam em excesso, e seus apetites depravados não conheciam limites. Entregaram-se a abominável idolatria. Tornaram-se violentos e ferozes, e tão corruptos que Deus não os pôde suportar por mais tempo. Encheu-se o cálice de sua iniqüidade, e Deus purificou a Terra da poluição moral por meio do dilúvio. À medida que os homens se multiplicaram sobre a face da Terra depois do dilúvio, esqueceram-se de Deus, e corromperam seus caminhos diante dEle. Aumentou a grandes proporções a intemperança em todas as formas. -- Healthful Living, 52 (1865). O fracasso de Israel e a perda espiritual CRA 374 1 641. O regime indicado ao homem no princípio, não compreendia alimento animal. Não foi senão depois do dilúvio, quando tudo quanto era verde na Terra havia sido destruído, que o homem recebeu permissão para comer carne. CRA 374 2 Escolhendo a comida do homem, no Éden, mostrou o Senhor qual era o melhor regime; na escolha feita para Israel, ensinou Ele a mesma lição. Tirou os israelitas do Egito, e empreendeu educá-los, a fim de serem um povo para Sua possessão própria. Desejava, por intermédio deles, abençoar e ensinar o mundo inteiro. Proveu-lhes o alimento mais adaptado ao Seu desígnio; não carne, mas o maná, "o pão do Céu". Foi unicamente devido a seu descontentamento e murmuração em torno das panelas de carne do Egito, que lhes foi concedido alimento cárneo, e isto apenas por pouco tempo. Seu uso trouxe doença e morte a milhares. Todavia a restrição de um regime sem carne não foi nunca aceito de coração. Continuou a ser causa de descontentamento e murmuração, franca ou secreta, e não ficou permanente. CRA 374 3 Quando se estabeleceram em Canaã, foi permitido aos israelitas o uso de alimento animal, mas com restrições cuidadosas, que tendiam a minorar o mal. O uso da carne de porco era proibido, bem como de outros animais, aves e peixes cuja carne foi declarada imunda. Das carnes permitidas, era estritamente proibido comer a gordura e o sangue. Só se podiam usar como alimento, animais em boas condições. Nenhum animal despedaçado, que morrera naturalmente, CRA 375 4 ou do qual o sangue não havia sido cuidadosamente tirado, podia servir de alimento. CRA 375 1 Afastando-se do plano divinamente indicado para seu regime, sofreram os israelitas grande prejuízo. Desejaram um regime cárneo, e colheram-lhe os resultados. Não atingiram ao divino ideal quanto ao seu caráter, nem cumpriram os desígnios de Deus. O Senhor "satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar as suas almas". Estimaram o terreno acima do espiritual, e a sagrada preeminência que Deus tinha o propósito de lhes dar não conseguiram eles obter. -- A Ciência do Bom Viver, 311, 312 (1905). Regime sem carne para modificar a disposição CRA 375 2 642. O Senhor disse claramente a Seu povo que lhes viriam todas as bênçãos, caso eles guardassem Seus mandamentos, e fossem um povo particular. Advertiu-os, por meio de Moisés no deserto, especificando que a saúde seria a recompensa da obediência. O estado da mente tem grandemente que ver com a saúde do corpo, e em especial com a saúde dos órgãos digestivos. Em geral, o Senhor não proveu carne a Seu povo no deserto, porque sabia que esse regime suscitaria doença e insubordinação. A fim de modificar a disposição e levar as mais altas faculdades do espírito a exercício ativo, deles tirou a carne de animais mortos. Deu-lhes o pão dos anjos, maná do céu. -- Manuscrito 38, 1898. Rebelião e seu castigo CRA 375 3 643. Continuou Deus a alimentar as hostes hebréias com o pão que chovia do céu; não se satisfaziam, porém. Seu apetite depravado ansiava por carne, da qual Deus em Sua sabedoria em grande parte os privara. ... Satanás, autor da doença e miséria, aproximar-se-á do povo de Deus no ponto onde pode alcançar o maior êxito. Ele tem controlado o apetite em grande parte, desde o tempo de sua bem-sucedida experiência com Eva, levando-a a comer do fruto proibido. Veio com suas tentações primeiramente à multidão mista, os egípcios crentes, e incitou-os a sediciosas murmurações. Não estavam satisfeitos com o alimento saudável que Deus lhes provera. Seu apetite depravado almejava maior variedade, especialmente alimentos cárneos. CRA 376 1 Essa murmuração bem depressa contagiou quase todo o povo. A princípio, Deus não satisfez seu apetite concupiscente, mas fez que lhes sobreviessem Seus juízos, fulminando com um raio do céu os mais culpados. Isto, porém, em vez de humilhá-los, tão-somente pareceu exacerbar-lhes as murmurações. Quando Moisés ouviu o povo chorando à entrada de suas tendas, e queixando-se por toda parte as famílias, isto lhe desagradou. Apresentou ao Senhor as dificuldades de sua situação, e o espírito insubmisso dos israelitas, bem como a posição em que Deus o colocara em relação ao povo -- a de um pai solícito, que devia tornar seus próprios os sofrimentos do povo. ... CRA 376 2 O Senhor instruiu Moisés a reunir os setenta anciãos, que Moisés sabia serem os anciãos do povo. Não deviam ser apenas os de idade avançada, mas homens de dignidade, são juízo e experiência, habilitados a ser juízes, ou oficiais. "E os trarás perante a tenda da congregação, e ali se porão contigo. Então Eu descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão o cargo do povo, para que tu só o não leves. CRA 376 3 "E dirás ao povo: Santificai-vos para amanhã, e comereis carne; porquanto chorastes aos ouvidos do Senhor, dizendo: Quem nos dará carne a comer, pois bem nos ia no Egito? Pelo que o Senhor vos dará carne, e comereis. Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco dias, nem dez dias, nem vinte dias; mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela; porquanto rejeitastes ao Senhor, que está no meio de vós, e chorastes diante dEle, dizendo: Por que saímos do Egito? CRA 376 4 "E disse Moisés: Seiscentos mil homens de pé é este povo, no meio do qual estou; e Tu tens dito: Dar-lhes-ei carne, e comerão um mês inteiro. Degolar-se-ão para eles ovelhas e vacas, que lhes bastem? ou ajuntar-se-ão para eles todos os peixes do mar, que lhes bastem? Porém o Senhor disse a Moisés: Seria pois encurtada a mão do Senhor? agora verás se a Minha palavra te acontecerá ou não. ... CRA 377 1 "Então soprou um vento do Senhor, e trouxe codornizes do mar, e as espalhou pelo arraial quase caminho de um dia duma banda, e quase caminho de um dia da outra banda, à roda do arraial, e a quase dois côvados sobre a terra. Então o povo se levantou todo aquele dia e toda aquela noite, e todo o dia seguinte, e colheram as codornizes; o que menos tinha, colhera dez hômeres; e as estenderam para si ao redor do arraial. CRA 377 2 "Quando a carne estava entre os seus dentes, antes que fosse mastigada, se acendeu a ira do Senhor contra o povo, e feriu o Senhor o povo com uma praga mui grande." CRA 377 3 Neste caso o Senhor concedeu ao povo aquilo que não era para seu melhor bem, porque muito o queriam. Não queriam submeter-se ao Senhor para receber as coisas que se demonstrassem para seu bem. Entregaram-se a sediciosas murmurações contra Moisés, e contra o Senhor, porque não recebiam os artigos que se demonstrariam ser um mal. Seu apetite depravado os controlava, e Deus lhes concedeu alimento cárneo, como desejavam, e deixou que sofressem as conseqüências da satisfação de seus apetites concupiscentes. Febres ardentes exterminaram grande número do povo. Os que mais culpados tinham sido em suas murmurações foram mortos logo ao provarem a carne que tinham desejado. Se se tivessem submetido a deixar que o Senhor lhes selecionasse o alimento, e tivessem sido gratos e estado satisfeitos pelo alimento do qual podiam comer livremente sem se prejudicar, não teriam perdido o favor de Deus, nem sido punidos pelas rebeldes murmurações, mediante a grande mortandade. -- Spiritual Gifts 4:15-18 (1854). O desígnio de Deus para Israel CRA 377 4 644. Quando Deus tirou os filhos de Israel do Egito, era Seu desígnio estabelecê-los na terra de Canaã, povo puro, contente e são. Vejamos os meios pelos quais Ele efetuaria isto. Submeteu-os a um curso de disciplina, que, caso houvesse sido seguido de boa vontade, haveria resultado em bem, tanto para eles próprios, como para sua posteridade. Ele tirou deles em grande medida o alimento cárneo. Havia-lhes concedido carne em resposta a seus clamores, justo antes de chegarem ao Sinai, mas isso foi apenas por um dia. Deus poderia haver provido carne tão facilmente como o maná, mas foi feita ao povo uma restrição para seu bem. Era Seu desígnio prover-lhes alimento mais apropriado a suas necessidades do que o regime excitante a que muitos deles se haviam acostumado no Egito. O apetite pervertido devia ser levado a uma condição mais sadia, para que eles pudessem fruir o alimento originalmente providenciado para o homem -- os frutos da terra, que Deus dera a Adão e Eva no Éden. CRA 378 1 Houvessem eles estado dispostos a renunciar ao apetite em obediência a Suas restrições, e a fraqueza e a doença haveriam sido desconhecidas entre eles. Seus descendentes haveriam possuído força física e mental. Haveriam tido claras percepções da verdade e do dever, agudo senso de discriminação, e são juízo. Eles, porém, eram contrários a se submeterem às reivindicações de Deus, e falharam em atingir a norma por Ele estabelecida, e em receber as bênçãos que poderiam haver possuído. Murmuraram por causa das restrições do Senhor, e cobiçaram as panelas de carne do Egito. Deus concedeu-lhes a carne, mas esta se demonstrou uma maldição para eles. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 118, 119 (1890). Figura para nós CRA 378 2 645. "Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram." "Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." 1 Coríntios 10:6, 11. CRA 378 3 646. A igreja de Battle Creek em geral não tem apoiado o Instituto com seu exemplo. Não têm honrado a luz da reforma de saúde seguindo-a em sua família. A doença que tem visitado muitas famílias em Battle Creek não necessitava sobrevir, houvessem eles seguido a luz que Deus lhes dera. Como o antigo Israel, eles não deram atenção à luz, e não podiam ver mais necessidade de restringir o apetite do que o fez aquele povo. Os filhos de Israel queriam carne, e disseram, como dizem muitos hoje em dia: Sem carne, morreremos. Deus deu carne ao rebelde Israel, mas com ela estava Sua maldição. Milhares deles morreram enquanto a carne que haviam desejado estava entre seus dentes. Temos o exemplo do antigo Israel, e a advertência de não fazermos como eles fizeram. Sua história de incredulidade e rebelião está registrada como especial advertência para que não sigamos o exemplo deles em murmurar das reivindicações de Deus. Como podemos prosseguir em nossa direção assim indiferentemente, escolhendo a própria orientação, seguindo a luz de nossos próprios olhos, e afastando-nos mais e mais de Deus, como os hebreus outrora? Deus não pode fazer grandes coisas por Seu povo devido a sua dureza de coração e pecaminosa incredulidade. CRA 379 1 Deus não faz acepção de pessoas; mas aqueles que, em todas as gerações, temem ao Senhor e obram a justiça são aceitos por Ele; ao passo que os que estão murmurando, sendo incrédulos e rebeldes, não terão o Seu favor ou as bênçãos prometidas aos que amam a verdade e nela andam. Os que têm a luz e não andam nela, mas desatendem às reivindicações de Deus, verificarão que suas bênçãos serão mudadas em maldições, e suas misericórdias em juízos. Deus quer que aprendamos a humildade e a obediência ao lermos a história do antigo Israel, que era Seu povo escolhido, peculiar, mas que trouxe sobre si destruição por seguirem os próprios caminhos. -- Testimonies for the Church 3:171, 172 (1873). CRA 379 2 647. Nossos hábitos de comer e beber mostram se somos do mundo ou do número daqueles a quem o Senhor, por Seu poderoso cutelo da verdade separou do mundo. Estes são Seu povo peculiar, zeloso de boas obras. Deus falou em Sua Palavra. No caso de Daniel e seus três companheiros, há sermões quanto à reforma de saúde. Deus falou na história dos filhos de Israel, dos quais, para seu bem, procurou tirar o regime cárneo. Alimentou-os com o pão do céu; "Pão dos anjos comeu o homem." Eles, porém, animaram seu apetite terreno; e quanto mais concentravam os pensamentos nas panelas de carne do Egito, tanto mais aborreciam a comida que Deus lhes deu para conservá-los em saúde, física, mental, e moralmente. Anelaram as panelas de carne, e nisto fizeram justamente como têm feito muitos em nossos dias. -- Testimonies for the Church 6:372 (1900). De volta ao regime original CRA 380 1 648. Tem-me sido repetidamente mostrado que Deus está procurando levar-nos de volta, passo a passo, a Seu desígnio original -- que o homem subsista com os produtos naturais da terra. -- [CTBH] Conselhos Sobre Saúde, 450 (1890). CRA 380 2 649. Verduras, frutas e cereais, devem constituir nosso regime. Nem um grama de carne deve entrar em nosso estômago. O comer carne não é natural. Devemos voltar ao desígnio original de Deus ao criar o homem. -- Manuscrito 115, 1903. CRA 380 3 650. Não é tempo de que todos visem dispensar a carne na alimentação? Como podem aqueles que estão buscando tornar-se puros, refinados e santos a fim de poderem fruir a companhia dos anjos celestes, continuar a usar como alimento qualquer coisa que exerça tão nocivo efeito na alma e no corpo? Como podem eles tirar a vida às criaturas de Deus a fim de consumirem a carne como uma iguaria? Volvam eles antes à saudável e deliciosa comida dada ao homem no princípio, e a praticarem eles próprios e ensinarem a seus filhos, a misericórdia para com as mudas criaturas que Deus fez e colocou sob nosso domínio. -- A Ciência do Bom Viver, 317 (1905). Preparando-nos para a trasladação CRA 380 4 651. Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, o comer carne será afinal abandonado; a carne deixará de fazer parte de sua alimentação. Devemos ter sempre isto em vista, e esforçar-nos por trabalhar firmemente nessa direção. Não posso pensar que estejamos em harmonia com a luz que Deus tem sido servido de nos dar, nessa prática de comer carne. Todos quantos se acham ligados a nossas instituições médicas, em especial, devem estar-se educando para viver de frutas, cereais e verduras. Se, nessas coisas, procedermos movidos por princípios, se como reformadores cristãos educamos nosso próprio gosto, e pomos nosso regime em harmonia com o plano de Deus, então podemos exercer influência sobre outros nessa questão, o que será agradável a Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 119 (1890). CRA 381 1 652. A principal finalidade do homem não é satisfazer ao apetite. Há necessidades físicas a serem supridas; mas por isto é preciso que o homem seja dominado pelo apetite? Há de o povo que está buscando tornar-se santo, puro, refinado para que possa ser introduzido na sociedade dos anjos celestes, continuar a tirar a vida das criaturas de Deus, e fruir sua carne como uma iguaria? Segundo o Senhor me mostrou, esta ordem de coisas há de mudar-se, e o povo de Deus exercerá temperança em tudo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 48; Conselhos Sobre Saúde, 116 (1890). CRA 381 2 653. Os que têm sido instruídos com relação aos efeitos prejudiciais do uso da alimentação cárnea, do chá e do café, bem como de comidas muito requintadas e insalubres, e que estão resolvidos a fazer com Deus um concerto com sacrifício, não hão de continuar a satisfazer o seu apetite com alimentos que sabem ser prejudiciais à saúde. Deus requer que o apetite seja dominado, e se pratique a renúncia no tocante às coisas que fazem mal. É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dEle perfeito. -- Testimonies for the Church 9:153, 154 (1909); Testemunhos Selectos 3:354. CRA 381 3 654. É para o bem deles próprios que o Senhor aconselha a igreja remanescente a rejeitar o uso de alimentos cárneos, chá, café e outros alimentos nocivos. Há quantidade de outras coisas de que nos podemos alimentar, as quais são benéficas e boas. -- Manuscrito 71, 1908. Aperfeiçoar a santidade CRA 382 1 655. Maiores reformas devem-se ver entre o povo que professa aguardar o breve aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve efetuar entre nosso povo uma obra que ainda não se fez. Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele. CRA 382 2 Em toda a nossa obra precisamos obedecer às leis que Deus deu, para que as energias físicas e espirituais possam operar em harmonia. Homens poderão ter uma forma de piedade, podem até pregar o evangelho, e ainda não estar purificados e santificados. Pastores devem ser estritamente temperantes no comer e beber, para que não façam tortuosas veredas para seus pés, fazendo com que os coxos -- os fracos na fé -- se desviem do caminho. Se, enquanto proclamam a mais solene e importante mensagem que já foi dada por Deus, os homens combatem contra a verdade por condescenderem com hábitos errados de comer e beber, tiram todo o poder da mensagem que apresentam. CRA 382 3 Os que condescendem com o comer carne, beber chá e a glutonaria, estão semeando para uma colheita de dor e morte. A comida prejudicial introduzida no estômago fortalece os apetites que combatem contra a alma, desenvolvendo as propensões inferiores. Um regime de carne tende a desenvolver a sensualidade. O desenvolvimento da sensualidade diminui a espiritualidade, tornando a mente incapaz de compreender a verdade. CRA 382 4 A Palavra de Deus adverte-nos claramente de que, a menos que nos abstenhamos das concupiscências carnais, a natureza física será levada a conflito com a espiritual. A concupiscência no comer luta contra a saúde e a paz. Assim é estabelecida uma guerra entre os atributos mais elevados do homem e os inferiores. As propensões subalternas, fortes e ativas, oprimem a alma. Os mais altos interesses do ser são postos em perigo por essa condescendência com apetites não sancionados pelo Céu. -- The Review and Herald, 27 de Maio de 1902; Conselhos Sobre Saúde, 575, 576. CRA 383 1 656. Aqueles que professam crer na verdade devem guardar cuidadosamente as faculdades do corpo e da mente, de maneira que Deus e Sua causa não sejam de maneira alguma desonrados por suas palavras ou ações. Os hábitos e costumes devem ser postos sob sujeição à vontade de Deus. Cumpre-nos dispensar atenta consideração a nosso regime alimentar. Foi-me mostrado claramente que o povo de Deus deve assumir atitude firme contra o comer carne. Daria Deus por trinta anos a Seu povo a mensagem de que, se quiser ter sangue puro e mente clara precisa abandonar o uso da carne, se Ele não quisesse que eles dessem ouvidos a essa mensagem? Pelo uso de alimentos cárneos a natureza animal é fortalecida e enfraquecida a espiritual. -- Carta 48, 1902. CRA 383 2 657. Os males morais do regime cárneo não são menos assinalados do que os físicos. A comida de carne é prejudicial à saúde, e seja o que for que afete ao corpo, tem seu efeito correspondente na mente e na alma. Pensai na crueldade que o regime cárneo envolve para com os animais, e seus efeitos sobre os que a infligem e nos que a observam. Como isso destrói a ternura com que devemos considerar as criaturas de Deus! -- A Ciência do Bom Viver, 315 (1905). CRA 383 3 658. O uso comum de carne de animais mortos tem tido influência deteriorante sobre a moral, bem como na constituição física. A má saúde, em uma variedade de formas, caso fosse rastreada até à causa, mostraria o seguro resultado da alimentação cárnea. -- Manuscrito 22, 1887. CRA 383 4 659. Os que usam carne menosprezam todas as advertências que Deus tem dado relativamente a esta questão. Não possuem nenhuma prova de estar andando em veredas seguras. Não têm a mínima desculpa quanto a comer a carne de animais mortos. A maldição de Deus repousa sobre a criação animal. Muitas vezes, ao ser comida, a carne deteriora-se no estômago, e cria doença. Câncer, tumores e moléstias do pulmão são em grande escala produzidos por comer carne. -- Pacific Union Recorder, 9 de Outubro de 1902. CRA 384 1 660. Oh! se cada pessoa pudesse discernir essas questões como me foram reveladas, os que agora são tão descuidosos, tão indiferentes à formação de seu caráter; os que imploram condescendência num regime cárneo, nunca abririam os lábios em justificação do apetite quanto à carne de animais mortos. Tal regime contamina o sangue em suas veias, e estimula as paixões animais inferiores. Enfraquece a viva percepção e o vigor do pensamento para a compreensão de Deus e da verdade, e o conhecimento de si mesmos. -- Manuscrito 3, 1897. O comer carne especialmente perigoso agora CRA 384 2 661. A carne nunca foi o alimento melhor; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as moléstias nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. -- A Ciência do Bom Viver, 313 (1905). CRA 384 3 662. Estão-se os animais tornando mais e mais enfermos, e não demorará muito até que o alimento cárneo tenha que ser abandonado por muitos, além dos adventistas do sétimo dia. Devem ser preparados alimentos saudáveis e nutritivos, para que os homens e mulheres não tenham que comer carne. -- Testimonies for the Church 7:124 (1902); Testemunhos Selectos 3:132. CRA 384 4 663. Quando os que conhecem a verdade tomarão atitude ao lado dos princípios corretos para o tempo e a eternidade? Quando serão fiéis aos princípios da reforma de saúde? Quando aprenderão que é perigoso usar alimentos cárneos? Estou instruída a dizer que, se em algum tempo foi seguro comer carne, não o é agora. -- Manuscrito 133, 1902. CRA 384 5 664. A luz que me é dada é que não tardará muito, teremos de abandonar o uso de alimentos animais. Mesmo o leite terá de ser rejeitado. Acumula-se rapidamente a doença. Acha-se sobre a Terra a maldição de Deus, porquanto os homens a arruinaram. Os hábitos e práticas dos homens levaram a Terra a tal condição que algum outro alimento precisa substituir a carne para a família humana. Não necessitamos absolutamente de alimento cárneo. Deus nos pode dar outra coisa. -- Australasian Union Conference Record, 28 de Julho de 1899. CRA 385 1 665. Pudessem os irmãos conhecer exatamente a natureza da carne que comem, pudessem ver, vivos, os animais dos quais é tirada a carne, quando mortos, e desviar-se-iam com repugnância de seu alimento cárneo. Os próprios animais cuja carne comem, estão com freqüência tão doentes que morreriam por si mesmos se os houvessem deixado; mas enquanto neles está o fôlego da vida, são mortos e levados para o mercado. Os irmãos recebem diretamente no organismo humores e venenos da pior espécie, e todavia não o compreendem. -- Testimonies for the Church 2:404, 405 (1870). O sofrimento animal e seus efeitos CRA 385 2 666. Muitas vezes são levados ao mercado e vendidos para alimento animais que se acham tão doentes, que os donos receiam conservá-los por mais tempo. E alguns dos processos de engorda para venda produzem enfermidade. Excluídos da luz e do ar puro, respirando a atmosfera de imundos estábulos, engordando talvez com alimentos deteriorados, todo o organismo se acha contaminado com matéria imunda. CRA 385 3 Os animais são muitas vezes transportados a longas distâncias e sujeitos a grandes sofrimentos para chegar ao mercado. Tirados dos verdes pastos e viajando por fatigantes quilômetros sobre cálidos e poentos caminhos, ou aglomerados em carros sujos, febricitantes e exaustos, muitas vezes privados por muitas horas de alimento e água, as pobres criaturas são tangidas para a morte a fim de que seres humanos se banqueteiem com seu cadáver. -- A Ciência do Bom Viver, 314 (1905). CRA 385 4 667. Muitos morrem de doença causada inteiramente pelo comer carne; entretanto, nem por isso se mostra mais sábio o mundo. São muitas vezes sacrificados animais que foram tangidos de longas distâncias, para o matadouro. Seu sangue se tornou excitado. São gordos, e foram privados de salutar exercício, e depois de haverem assim viajado muito, tornam-se cansados e exaustos, e nessas condições são abatidos para o mercado. Seu sangue acha-se altamente inflamado, e os que se alimentam de sua carne, ingerem veneno. Alguns não são afetados imediatamente, ao passo que outros são tomados de dores severas, morrendo de febre, cólera ou alguma doença desconhecida. CRA 386 1 São vendidos para o mercado da cidade muitos e muitos animais que os que os vendem sabem estar doentes, e os que os compram nem sempre ignoram o caso. Especialmente nas cidades maiores isto é praticado em grande escala, e os comedores de carne não sabem que estão comendo carne de animais doentes. CRA 386 2 Alguns animais levados ao matadouro parecem entender, pelo instinto, o que vai acontecer, e tornam-se furiosos, literalmente loucos. São mortos enquanto se acham nesse estado, e sua carne é preparada para o mercado. Essa carne é tóxica, e tem produzido nos seus consumidores, câimbras, convulsões, apoplexia e morte súbita. Entretanto não se atribui à carne a causa de todo esse sofrimento. CRA 386 3 Alguns animais são tratados desumanamente quando são levados ao matadouro. São literalmente torturados, e depois de terem suportado longas horas de padecimentos extremos, são abatidos. Porcos têm sido preparados para o mercado mesmo quando atacados de pragas, e sua carne tóxica espalhou doenças contagiosas, seguindo-se grande mortandade. -- Spiritual Gifts 4:147, 148 (1864). Resultados físicos do regime cárneo aumentam a probabilidade de doença e morte repentina CRA 386 4 668. A possibilidade de contrair doenças é dez vezes aumentada pelo uso da carne. -- Testimonies for the Church 2:64 (1868); Testemunhos Selectos 1:196. CRA 386 5 669. Os médicos mundanos não podem explicar o rápido aumento das doenças entre a família humana. Mas sabemos que muito desse sofrimento é causado por comer carne de animais mortos. -- Carta 83, 1901. CRA 386 6 670. Os animais estão doentes, e participando de sua carne, plantamos as sementes de enfermidades em nossos tecidos e sangue. Depois, quando sujeitos às mudanças num ambiente doentio, isto é mais sensível; também quando somos expostos a epidemias e doenças contagiosas dominantes, o organismo não se acha em condições de resistir ao mal. -- EUT, 8 (1896). CRA 387 1 671. Tendes gordura, mas não é bom material. Estais pior por essa corpulência. Se ambos chegásseis a um regime mais parcimonioso, que vos tirasse doze ou quinze quilos de gordura, estaríeis muito menos sujeitos a enfermidades. Os alimentos cárneos produziram sangue e carne pobres. Vosso organismo encontra-se em estado de inflamação, pronto a apanhar doenças. Estais sujeitos a ataques agudos de doença, e a morte repentina, pois não possuís a resistência constitucional capaz de combater e vencer o mal. Virá tempo em que a força e a saúde que vos lisonjeais de possuir se demonstrarão fraqueza. -- Testimonies for the Church 2:61 (1868). Sangue doente CRA 387 2 672. Tenho-me sentido solicitada pelo Espírito de Deus a pôr diante de vários o fato de que seu sofrimento e má saúde era causada pela desconsideração para com a luz a eles dada acerca da reforma de saúde. Tenho-lhes mostrado que seu regime cárneo, julgado essencial, não era necessário, e que, como eles eram constituídos do que comiam, cérebro, ossos e músculos encontravam-se em condição doentia, porque viviam de carne de animais mortos; que seu sangue estava sendo corrompido por esse regime impróprio; que a carne que ingeriam era enferma, e seu organismo todo se estava tornando pesado e corrompido. -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 4 (1896). CRA 387 3 673. Os alimentos cárneos prejudicam o sangue. Cozinhai carne com condimentos e comei-a com bolos e tortas muito substanciosos e tereis má qualidade de sangue. O organismo é demasiadamente sobrecarregado para digerir uma comida assim. Os pastéis de carne e os picles, que jamais deveriam encontrar lugar em qualquer estômago humano, proporcionarão mísera qualidade de sangue. E um alimento de qualidade pobre preparado de maneira imprópria, insuficiente na quantidade, não pode formar sangue bom. Alimentos cárneos e comidas muito substanciosas, bem como um regime pobre, produzirão os mesmos resultados. -- Testemunhos Selectos 1:190 (1870). CRA 388 1 674. Cânceres, tumores e toda enfermidade inflamatória são causados em grande parte pelo alimento cárneo. CRA 388 2 Segundo a luz que Deus me deu, a predominância do câncer e dos tumores é em grande parte devida ao uso abundante de carne de animais mortos. -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 7 (1896). Câncer, tuberculose, tumores CRA 388 3 675. O regime cárneo é a questão séria. Hão de seres humanos viver da carne de animais mortos? A resposta, segundo a luz dada por Deus, é: Não, decididamente Não. As instituições da reforma de saúde devem educar nesse sentido. Os médicos que pretendem compreender o organismo humano, não devem estimular seus doentes a viver da carne de animais mortos. Devem indicar o acréscimo de moléstias no reino animal. O testemunho de examinadores é que bem poucos animais se acham isentos de enfermidades, e que o costume de comer amplamente carne está fazendo contrair moléstias de toda espécie -- câncer, tumores, escrófula, tuberculose e uma porção de outras afecções semelhantes. -- Manuscrito 3, 1897. CRA 388 4 676. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Freqüentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, repeli-la-iam enojados. O povo come continuamente carne cheia de germes de tuberculose e câncer. Assim são comunicadas estas e outras moléstias. -- A Ciência do Bom Viver, 313 (1905). CRA 388 5 677. A mesa de muitas professas cristãs é dia a dia posta com uma variedade de pratos que irritam o estômago e produzem um estado febril no organismo. Comidas de carne constituem o principal artigo de alimentação na mesa de algumas famílias, até que seu sangue fica cheio de humores cancerosos e escrofulosos. Seu corpo compõe-se daquilo que eles ingerem. Mas ao sobrevir-lhes sofrimento e doença, isto é considerado aflição vinda da Providência. -- Testimonies for the Church 3:563 (1875). Diminui o vigor mental CRA 389 1 678. Os que usam alimentos cárneos à vontade, nem sempre têm cérebro desanuviado e ativo intelecto, pois que o uso da carne de animais tende a tornar pesado o corpo e a entorpecer as finas sensibilidades do espírito. -- [CTBH] Conselhos Sobre Saúde, 115 (1890). CRA 389 2 679. Deus quer que as faculdades perceptivas de Seu povo sejam claras e capazes de empenhar-se em trabalho árduo. Se, porém, os irmãos vivem de um regime cárneo, não devem esperar que sua mente seja produtiva. Os pensamentos precisam ser purificados; então a bênção de Deus repousará sobre Seu povo. -- General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901. CRA 389 3 680. Impossível é aos que usam carne em abundância, ter um cérebro desanuviado, um ativo intelecto. -- Testemunhos Selectos 1:194 (1868). CRA 389 4 681. Há uma alarmante letargia quanto à questão do sensualismo inconsciente. É costume comer a carne de animais mortos. Isto estimula as paixões inferiores do organismo humano. -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 4 (1896). CRA 389 5 682. O regime cárneo muda a disposição e fortalece o animalismo. Constituímo-nos daquilo que comemos, e comer muita carne diminui a atividade intelectual. Os estudantes efetuariam muito mais em seus estudos se nunca provassem carne. Quando a parte animal do instrumento humano é fortalecida pelo uso da carne, as faculdades intelectuais enfraquecem proporcionalmente. A vida religiosa pode ser obtida e mantida com mais êxito se a carne é rejeitada, pois esse regime estimula a intensa atividade as tendências concupiscentes, e enfraquece a natureza moral e espiritual. "A carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne." -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 7. Avigora as paixões inferiores CRA 389 6 683. Se jamais houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. -- Testemunhos Selectos 1:262 (1869). CRA 390 1 684. Fui instruída quanto a ter o uso do alimento cárneo a tendência de animalizar a natureza, e privar homens e mulheres do amor e simpatia que devem sentir uns pelos outros. Somos constituídos daquilo que ingerimos, e aqueles cujo regime compõe-se amplamente de alimento animal são levados a uma condição em que permitem às paixões subalternas assumir o domínio das mais elevadas faculdades do ser. ... CRA 390 2 Não traçamos qualquer linha precisa a ser seguida no regime alimentar. Há muitas espécies de comida saudável. Dizemos, porém, que o alimento cárneo não é correto para o povo de Deus. Animaliza os seres humanos. Em um país como este, em que há frutas, cereais e nozes em abundância, como pode alguém pensar que precisa comer a carne de animais mortos? -- Manuscrito 50, 1904. CRA 390 3 685. Caso as coisas fossem como deveriam ser, nos lares que compõem nossa igreja, poderíamos fazer duplo serviço para o Senhor. A luz a mim comunicada é que é preciso ser apresentada mensagem mais decidida quanto à reforma de saúde. Os que usam alimentos cárneos robustecem as propensões inferiores e preparam o caminho para que as doenças neles se fixem. -- Carta 200, 1903. CRA 390 4 686. Vossa família tem participado grandemente de alimentos cárneos, e as propensões animais têm sido fortalecidas, ao passo que o intelecto se tem enfraquecido. Somos constituídos daquilo que comemos, e se vivemos largamente de carne de animais mortos, havemos de partilhar de sua natureza. Tendes favorecido a natureza inferior de vosso organismo, ao passo que a mais refinada se tem enfraquecido. -- Testimonies for the Church 2:60, 61 (1868). CRA 390 5 687. Queremos que a penetrante verdade da Palavra de Deus se apodere de cada membro de nosso povo antes que termine esta conferência. Queremos que eles compreendam que a carne de animais não é a comida própria para eles. Tal regime cultiva as paixões animais neles e em seus filhos. Deus quer educar nossos filhos em corretos hábitos de comer, vestir e trabalhar. Quer que façamos o que nos for possível para restaurar o maquinismo alquebrado. -- General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901. A direção mais segura CRA 391 1 688. As faculdades intelectuais, morais e físicas são prejudicadas pelo uso habitual de alimentos cárneos. Esse uso desarranja o organismo, obscurece o intelecto e embota as sensibilidades morais. Dizemos-vos, prezado irmão e irmã: o caminho mais seguro para vós, é deixar de lado a carne. -- Testimonies for the Church 2:64 (1868); Testemunhos Selectos 1:196. A causa não reconhecida CRA 391 2 689. Os efeitos do regime cárneo podem não ser imediatamente experimentados; isto, porém, não é nenhuma prova de que não.seja nocivo. A poucas pessoas se pode fazer ver que é a carne que ingerem o que lhes tem envenenado o sangue e ocasionado os sofrimentos. -- A Ciência do Bom Viver, 315 (1905). CRA 391 3 690. O assunto é-me apresentado sob diferentes aspectos. Não é discernida a mortalidade ocasionada pelo uso da carne; caso o fosse, não mais ouviríamos argumentos e desculpas em favor da condescendência com o apetite no sentido da carne de animais mortos. Temos fartura de coisas boas para satisfazer a fome sem pôr cadáveres à mesa para compor nosso cardápio. -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 8 (1896). CRA 391 4 691. Muitos morrem de doenças devidas unicamente à ingestão de carne, quando a causa mal é suspeitada por eles ou outros. Alguns não sentem imediatamente seus efeitos, mas isto não é prova de que ela não os prejudique. Pode estar seguramente operando no organismo, todavia no presente a vítima talvez não compreenda coisa alguma a esse respeito. -- [CTBH] Conselhos Sobre Saúde, 115 (1890). CRA 391 5 692. Tendes dito repetidamente em favor de vossa condescendência para com o uso da carne: "Por mais prejudicial que ela seja para outros, não me prejudica a mim, pois tenho-a usado toda a minha vida." Não sabeis, porém, quão bem poderíeis haver estado se vos houvésseis abstido do uso de alimentos cárneos. -- Testimonies for the Church 2:61 (1868). O porco especialmente condenado CRA 392 1 693. Deus vos tem dado luz e conhecimento, os quais tendes professado crer serem vindos diretamente dEle, instruindo-vos a renunciardes ao apetite. Sabeis que o uso da carne de porco é contrário a Sua ordem expressa, dada, não porque Ele desejasse manifestar especialmente Sua autoridade, mas porque ela seria nociva aos que a comessem. Seu uso tornaria o sangue impuro, de modo que escrófulas e outros humores corromperiam o organismo e todo ele sofreria. Especialmente os tenros e sensíveis nervos do cérebro se enfraqueceriam e ficariam tão embotados, que as coisas sagradas não seriam discernidas, mas colocadas no baixo nível das coisas comuns. -- Testimonies for the Church 2:96 (1868). CRA 392 2 694. Pululam parasitas nos tecidos do porco. Deste disse Deus: "Imundo vos será; não comereis da carne deste, e não tocareis no seu cadáver." Esta ordem foi dada porque a carne do porco é imprópria para alimentação. Os porcos são limpadores públicos, e é este o único emprego que lhes foi destinado. Nunca, sob nenhuma circunstância, devia sua carne ser ingerida por criaturas humanas. -- A Ciência do Bom Viver, 314 (1905). CRA 392 3 695. O porco, se bem que um dos mais comuns artigos de alimentação, é um dos mais prejudiciais. Deus não proibiu os hebreus de comerem carne de porco apenas para mostrar Sua autoridade, mas por não ser ela apropriada à alimentação do homem. Encheria o organismo de escrófulas, e em especial naquele clima quente, produzia lepra, e moléstias de várias espécies. Sua influência sobre o organismo, naquele clima, era muito mais prejudicial que em climas mais frios. Deus, porém, nunca destinou o porco para ser comido sob quaisquer circunstâncias. Os pagãos usavam o porco como artigo de alimentação, e os americanos têm-no usado abundantemente como importante parte do regime alimentar. A carne de porco não seria agradável ao paladar em seu estado natural. É tornada apetitosa mediante alta condimentação, que torna uma coisa má ainda pior. A carne de porco, mais que todas as outras, põe o sangue em mau estado. Aqueles que a ingerem à vontade, não podem deixar de ser doentes. Os que fazem muito exercício ao ar livre não percebem os maus efeitos de comer carne de porco da mesma maneira que os que vivem mais no interior das casas, e cujos hábitos são sedentários e têm trabalho mental. CRA 393 1 Não é todavia apenas a saúde física que é prejudicada pelo comer porco. A mente é afetada, e as finas sensibilidades embotadas pelo uso desse pesado artigo de alimentação. É impossível que seja sã a carne de qualquer criatura vivente, tendo como elemento natural a imundícia, e quando eles se alimentam de tudo quanto é detestável. A carne de porco se compõe do que ele come. Caso os seres humanos comam dessa carne, seu sangue e sua carne serão corrompidos por impurezas transmitidas por ela. CRA 393 2 O comer porco tem produzido escrófulas, lepra e humores cancerosos. O ingerir carne desse animal está ainda causando o mais intenso sofrimento à raça humana. -- Healthful Living, 58 (1865). Gordura animal e sangue CRA 393 3 696. Como uma família achais-vos longe de ser isentos de enfermidade. Tendes usado gordura de animais, o que Deus expressamente proíbe em Sua Palavra: "Estatuto perpétuo será nas vossas gerações, em todas as vossas habitações: nenhuma gordura nem sangue algum comereis." "E nenhum sangue comereis em qualquer de vossas habitações, quer de aves quer de gado. Toda pessoa que comer algum sangue, aquela pessoa será extirpada dos seus povos." -- Testimonies for the Church 2:61 (1868). CRA 393 4 697. A carne é servida cheirando a gordura, porque isto é segundo o gosto pervertido. Tanto o sangue como a gordura de animais são consumidos como uma iguaria. Mas o Senhor deu instruções especiais quanto a não deverem eles ser comidos. Por quê? Porque seu uso ocasionaria uma corrente sanguínea enferma no organismo humano. A desconsideração pelas orientações especiais do Senhor tem trazido uma porção de dificuldades e doenças aos seres humanos. ... Se eles introduzem no próprio organismo aquilo que não pode formar carne e sangue de boa qualidade, têm de suportar os resultados de seu menosprezo à Palavra de Deus. -- Carta 102, 1896. Peixes muitas vezes contaminados CRA 394 1 698. Em muitos lugares os peixes ficam tão contaminados com a sujeira de que se nutrem, que se tornam causa de doenças. Isto se verifica especialmente onde o peixe está em contato com os esgotos de grandes cidades. Peixes que se alimentam dessas matérias, podem passar a grandes distâncias, sendo apanhados em lugares em que as águas são puras e boas. De modo que, ao serem usados como alimento, ocasionam doença e morte naqueles que nada suspeitam do perigo. -- A Ciência do Bom Viver, 314, 315 (1905). Reconhecimento de condições de emergência CRA 394 2 699. Onde é possível obter bastante leite bom e frutas, raro há uma desculpa para comer alimento animal; não é necessário tirar a vida de qualquer das criaturas de Deus para suprir nossas necessidades comuns. Em certos casos de doença ou exaustão, poderá ser considerado melhor usar alguma carne, mas grande cuidado deve ser tomado para adquirir carne de animais sadios. Tem chegado a ser questão muito séria se é seguro usar de algum modo alimento cárneo nesta época do mundo. Melhor nunca usar carne, do que usar a carne de animais que não sejam sadios. Quando não me foi possível obter o alimento de que necessitava, comi um pouco de carne algumas vezes; mas estou ficando cada vez mais atemorizada de fazê-lo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 117, 118 (1890). CRA 394 3 700. Alguns pensam sinceramente que o regime apropriado consiste principalmente em mingaus. Comer principalmente mingau não promoveria saúde aos órgãos digestivos; pois se constitui demasiado de líquidos. Estimulem o comer frutas e verduras e pão. O regime cárneo não é o mais são, e todavia eu não tomaria a atitude de que ele deva ser rejeitado por toda pessoa. Os que têm fracos órgãos digestivos, podem muitas vezes comer carne, quando não lhes é possível ingerir verduras, frutas e mingaus. Se quisermos conservar a melhor saúde, devemos evitar comer verduras e frutas na mesma refeição. Caso o estômago seja fraco, haverá perturbação, o cérebro ficará confuso, e incapaz de exercer esforço mental. Comam-se frutas em uma refeição e verduras na seguinte. ... CRA 395 1 Bolos, pudins e cremes, causarão desordem aos órgãos digestivos; e por que tentaremos os comensais colocando diante deles tais artigos? Quanto mais largamente for a carne artigo do regime de professores e alunos, tanto menos susceptível será a mente para compreender as coisas espirituais. São fortalecidas as propensões animais, ficando embotadas as finas sensibilidades da mente. O estudo diligente não é a principal causa do esgotamento das faculdades mentais. A principal razão é o regime impróprio, refeições irregulares, e falta de exercício físico. Irregularidade nas horas de dormir e comer minam as energias cerebrais. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. Adequado regime sem carne CRA 395 2 701. A carne não é essencial para a saúde e a resistência, do contrário o Senhor haveria cometido um erro ao prover o alimento para Adão e Eva antes de sua queda. Todos os elementos de nutrição se acham contidos nas frutas, verduras e cereais. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1883. CRA 396 1 702. É erro supor que a força muscular dependa do uso de alimento animal. As necessidades do organismo podem ser melhor supridas, e mais vigorosa saúde se pode desfrutar, deixando de usá-lo. Os cereais, com frutas, nozes e verduras, contêm todas as propriedades nutritivas necessárias à formação de bom sangue. Esses elementos não são tão bem ou tão plenamente supridos pelo regime cárneo. Houvesse sido o uso da carne essencial à saúde e à força, e o alimento animal haveria sido incluído no regime do homem desde o princípio. -- A Ciência do Bom Viver, 316 (1905). Por que usar alimento em segunda mão? CRA 396 2 703. O regime dos animais é verdura e cereais. Precisam as verduras ser animalizadas, ser incorporadas no organismo dos animais, antes de as ingerirmos? Precisamos obter nosso regime vegetal mediante o comer carne de cadáveres? Deus proveu fruta em seu estado natural a nossos primeiros pais. Deu a Adão o encargo do jardim, para o cultivar e cuidar, dizendo: "Ser-vos-ão para mantimento." Gênesis 1:29. Um animal não devia destruir outro para sua manutenção. -- Carta 72, 1896. CRA 396 3 704. Os que se alimentam de carne, não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso! -- A Ciência do Bom Viver, 313 (1905). Carne -- Estimulante típico CRA 396 4 705. Quando se deixa o uso da carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza, uma falta de vigor. Muitos alegam isto como prova de que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento desta espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos irritados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne, como é ao ébrio o abandonar a bebida; mas se sentirão muito melhor com a mudança. -- A Ciência do Bom Viver, 316 (1905). CRA 397 1 706. O alimento cárneo também é prejudicial. Seu efeito, por natureza estimulante, deveria ser argumento suficiente contra o seu uso, e o estado doentio quase geral entre os animais torna-o duplamente objetável. Tende a irritar os nervos e excitar as paixões, fazendo assim com que a balança das faculdades penda para o lado das propensões baixas. -- Educação, 203 (1903). CRA 397 2 707. Fiquei um tanto surpreendida com vosso argumento quanto à razão por que um regime cárneo vos mantinha forte, pois, se vos colocardes fora da questão, a razão vos ensinará que um regime cárneo não vos é de tanta vantagem, como supondes. Sabíeis como havíeis de responder a um adepto do fumo se ele alegasse, em favor do uso do mesmo, os argumentos que tendes apresentado como razão para dever continuar a comer carne de animais mortos como alimento. CRA 397 3 A fraqueza que experimentais sem o uso de carne é uma das mais fortes razões que eu possa apresentar, para a abandonardes. Os que comem carne sentem-se estimulados depois de ingerir esse alimento, e julgam que se tornaram mais fortes. Depois de abandonar o uso da carne, a pessoa poderá por algum tempo sentir certa fraqueza, mas quando seu organismo estiver limpo do efeito desse regime, não mais sentirá a fraqueza, e deixará de desejar aquilo que alegava ser coisa essencial a sua resistência. -- Carta 73a, 1896. Prover substitutos CRA 397 4 708. Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão a um tempo nutritivos e apetitosos. Isto se necessita especialmente no caso de pessoas fracas, ou carregadas de contínuo labor. Em alguns países em que é comum a pobreza, é a carne o alimento mais barato. Sob estas circunstâncias a mudança se efetuará sob maiores dificuldades; pode no entanto ser operada. Devemos, porém, considerar a situação do povo e o poder de um hábito de toda a vida, sendo cautelosos em não insistir indevidamente, mesmo quanto a idéias justas. Ninguém deve ser solicitado a fazer abruptamente a mudança. O lugar da carne deve ser preenchido com alimento são e pouco dispendioso. A esse respeito, muito depende da cozinheira. Com cuidado e habilidade se podem preparar pratos que sejam a um tempo nutritivos e saborosos, substituindo, em grande parte, a comida de carne. CRA 398 1 Em todos os casos, educai a consciência, aliciai a vontade, supri alimento bom, saudável, e a mudança se efetuará rapidamente, desaparecendo em breve a necessidade de carne. -- A Ciência do Bom Viver, 316, 317 (1905). CRA 398 2 709. O devido preparo do alimento é realização muito importante. Onde a carne não é tornada o principal artigo de alimentação, especialmente, é a boa cozinha essencial exigência. Importa que se prepare alguma coisa para substituir o lugar da carne, e esses substitutos precisam ser bem preparados, de maneira que a carne não seja desejada. -- Carta 60a, 1896. Desculpas ilógicas CRA 398 3 710. Quando Satanás toma posse da mente, quão pronto se desvanecem e perdem a força a luz e as instruções que o Senhor tem benignamente dado! Quantos formulam escusas e forjam necessidades que não existem, a fim de apoiá-los em sua errônea direção em pôr de lado a luz e pisá-la a pés! Falo com segurança. A maior das objeções à reforma de saúde é que este povo não a vive; e ainda dirão seriamente que não podem viver a reforma de saúde e conservar seu vigor. CRA 399 1 Achamos em cada exemplo desses, boa razão por que eles não podem viver a reforma de saúde. Não a vivem, e nunca a seguiram estritamente, portanto não podem ser por ela beneficiados. Alguns caem no erro de pensar que porque rejeitam a carne, não necessitam substituí-la com as melhores frutas e verduras, preparadas em seu estado mais natural, isentas de gordura e especiarias. Se tão-somente eles arranjassem habilmente as munificências com que o Criador os tem rodeado, pais e filhos empenhando-se unidos e com pureza de consciência na obra, fruiriam a comida simples, e seriam então capazes de falar com entendimento da reforma de saúde. Os que não se converteram a essa reforma, e nunca a adotaram plenamente, não são juízes de seus benefícios. Os que se afastam ocasionalmente para condescender com o gosto comendo um peru gordo ou outros alimentos cárneos, pervertem o apetite, e não são os que podem julgar os benefícios do sistema da reforma de saúde. São controlados pelo gosto, não pelos princípios. -- Testimonies for the Church 2:486, 487 (1870). Veementes apelos quanto à reforma CRA 399 2 711. Muitos pais procedem como se estivessem privados da razão. Acham-se num estado de letargia, paralisados pela condescendência com apetites pervertidos e paixões rebaixadoras. Nossos pastores, que conhecem a verdade, devem despertar o povo de sua condição de paralisia, e levá-lo a abandonar as coisas que criam o apetite quanto à carne. Caso negligenciem reformar-se, perderão o poder espiritual, e tornar-se-ão mais e mais aviltados por pecaminosa condescendência. Hábitos que desgostam ao universo celeste, que degradam seres humanos mais baixo que os animais, são nutridos em muitos lares. Que todos quantos conhecem a verdade, digam: "Que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma." CRA 399 3 Que nenhum de nossos pastores estabeleça um mau exemplo no comer carne. Que eles e sua família vivam segundo a luz da reforma de saúde. Não animalizem nossos pastores sua natureza e a de seus filhos. Os filhos cujos desejos não foram refreados, são tentados não somente a condescender com hábitos comuns de intemperança, mas a dar rédeas soltas a suas paixões inferiores, e a menosprezar a pureza e a virtude. Esses são levados por Satanás, não somente a corromper o próprio corpo, mas a cochichar suas más comunicações a outros. Se os pais estão cegos pelo pecado, deixam muitas vezes de discernir estas coisas. CRA 400 1 Deus manda aos pais que moram nas cidades o grito de advertência: Reuni vossos filhos em vossas próprias casas; recolhei-os para longe dos que estão menosprezando os mandamentos de Deus, que estão ensinando e praticando o mal. Saí das cidades o mais depressa possível. CRA 400 2 Os pais podem adquirir pequenas casas no campo, com terra para cultivar, onde possam ter pomares e cultivar verduras e pequenos frutos para substituírem o alimento cárneo, tão corruptor do sangue vital que corre nas veias. -- Manuscrito 173, 1902. Força para resistir mediante jejum e oração CRA 400 3 712. Se nosso apetite clama pela carne de animais mortos, é uma necessidade jejuar e orar para que o Senhor dê Sua graça para negar-se às concupiscências carnais que combatem contra a alma. -- Carta 73, 1896. Quando é incoerente a oração pela cura CRA 400 4 713. Há entre os adventistas do sétimo dia pessoas que não darão ouvidos à luz a eles dada relativamente a essa questão. Fazem da carne parte de seu regime dietético. Sobrevêm-lhes doença. Enfermos e sofrendo em resultado de sua própria direção errônea, pedem orações dos filhos de Deus. Mas como pode o Senhor operar em seu favor quando eles não estão dispostos a fazer-Lhe a vontade, quando se recusam a dar ouvidos a Suas instruções no que concerne à reforma de saúde? CRA 400 5 Por trinta anos tem a luz sobre a reforma de saúde sido comunicada ao povo de Deus; muitos, porém, têm-na tornado objeto de zombaria. Têm continuado a usar chá, café, condimentos e alimento cárneo. Têm o corpo cheio de doenças. Como podemos nós, pergunto, apresentar tais pessoas ao Senhor para serem curadas? -- Carta 200, 1903. CRA 401 1 714. Biscoitos quentes e carne estão inteiramente em desarmonia com os princípios da reforma de saúde. Se permitíssemos à razão tomar o lugar do impulso e do amor à satisfação sensual, não provaríamos carne de animais mortos. Que há de mais repulsivo ao olfato do que um açougue onde se encontram carnes à venda? O cheiro da carne crua é repugnante a todos cujos sentidos não foram pervertidos pelo cultivo dos apetites não naturais. Que coisa mais desagradável à vista, para um espírito refletido, do que os animais mortos para serem devorados? Se a luz dada por Deus quanto à reforma de saúde é menosprezada, Ele não operará um milagre para conservar com saúde os que prosseguem na direção que os torna doentes. -- Extraído de Testemunhos Inéditos Sobre Alimentação Cárnea, 2 (1884). Líderes na reforma CRA 401 2 715. Se bem que não tornemos o uso do alimento cárneo uma prova, se bem que não queiramos forçar ninguém a abandonar seu uso, todavia é nosso dever instar para que pastor algum da associação faça pouco da mensagem de reforma nesse ponto, ou a ela se oponha. Se em face da luz que Deus tem dado acerca do efeito de comer carne sobre o organismo, continuais ainda a fazê-lo, deveis sofrer as conseqüências. Não tomeis, porém, diante do povo, uma atitude que lhes permita pensar que não é necessário reclamar uma reforma quanto ao comer carne. Porque o Senhor está reclamando essa reforma. Ele nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma de saúde, e se não podeis avançar nas fileiras dos que a estão proclamando, não o deveis tornar notório. Neutralizando o trabalho de vossos coobreiros, que estão ensinando a reforma de saúde, estais fora da ordem, operando do lado contrário. -- Carta 48, 1902. CRA 401 3 716. Não daremos, como mensageiros de Deus, decidido testemunho contra a condescendência com o apetite pervertido?... Deus tem provido abundância de frutas e cereais, os quais podem ser preparados de maneira saudável e usados na devida quantidade. Por que, então, continuam os homens a preferir alimentos cárneos? Seria possível termos confiança em pastores que, às mesas em que é servida a carne, unem-se aos outros em comê-la?... CRA 402 1 "Diligentemente guardareis os mandamentos do Senhor vosso Deus." Todo aquele que transgride as leis da saúde será certamente visitado com o desagrado de Deus. Oh! quanto do Espírito Santo poderíamos ter dia a dia, caso andássemos circunspectamente, renunciando ao próprio eu, e praticando as virtudes do caráter de Cristo! -- Pacific Union Recorder, 9 de Outubro de 1902. CRA 402 2 717. Andem nossos pastores e colportores sob a bandeira da estrita temperança. Nunca vos envergonheis de dizer: "Não, obrigado; não como carne. Tenho conscienciosos escrúpulos quanto a comer carne de animais mortos." Caso vos seja oferecido chá, recusai-o, dando a razão de assim procederdes. Explicai que ele é nocivo, e se bem que estimulante por algum tempo, o estímulo logo desaparece, sendo experimentada correspondente depressão. -- Manuscrito 113, 1901. CRA 402 3 718. Quanto ao alimento cárneo, podemos dizer todos: Deixai-o em paz. E todos devem dar claro testemunho contra o chá e o café, nunca deles se servindo. São narcóticos, prejudiciais a um tempo ao cérebro e a outros órgãos do corpo. Ainda não chegou o tempo em que eu possa dizer que o uso do leite e dos ovos deva ser inteiramente abandonado. Leite e ovos não devem ser classificados entre os alimentos cárneos. Em certas doenças o uso de ovos é muito benéfico. CRA 402 4 Renunciem os membros de nossas igrejas a todo apetite egoísta. Todo o dinheiro gasto em chá, café e alimentos cárneos, é mais que desperdiçado; pois essas coisas impedem o melhor desenvolvimento das faculdades físicas, mentais e espirituais. -- Carta 135, 1902. Um resumo CRA 402 5 719. Se pudéssemos auferir qualquer benefício da condescendência com o desejo de alimentos cárneos, eu não vos faria este apelo. Mas sei que tal não se dá. A alimentação cárnea é prejudicial ao bem-estar físico e devemos aprender a passar sem ela. Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às suas preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, a pouco e pouco se tornarão descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão por fim incapazes de discernir estas, colhendo o que semearam. CRA 403 1 Aos alunos de nossas escolas não se deve servir carne nem quaisquer outros alimentos que se sabe serem prejudiciais. Nada que possa promover o apetite de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para os velhos, os moços e os de meia-idade. Negai ao vosso apetite o que vos possa causar dano. Servi ao Senhor com sacrifício. CRA 403 2 As próprias crianças devem desempenhar parte inteligente nesta obra. Somos todos membros de uma só família e Deus quer que Seus filhos, tanto moços como velhos, se resolvam a negar-se no apetite e a poupar os meios necessários à construção de casas de culto e ao sustento dos missionários. CRA 403 3 Estou habilitada a dizer aos pais: Colocai-vos nesta questão com alma e espírito ao lado do Senhor. Precisamos lembrar constantemente que estamos em juízo perante o Senhor do Universo nestes dias de graça. Não vos quereis libertar das condescendências que vos estão prejudicando? É fácil fazer uma profissão formal de fé; testifiquem, porém, os vossos atos de renúncia, de vossa obediência aos preceitos que Deus estabelece para Seu povo peculiar. Deponde então na tesouraria da igreja uma parte das economias que realizardes por meio desses atos; e não escassearão os meios para realizar a obra de Deus. CRA 403 4 Muitos há que sentem não poderem permanecer por muito tempo sem o uso de alimentos cárneos; mas se essas pessoas se colocassem do lado do Senhor, absolutamente resolvidas a andar no caminho pelo qual Ele deseja guiá-las, receberiam força e sabedoria, como sucedeu a Daniel e seus companheiros. Veriam como o Senhor lhes pode dar bom discernimento, e se surpreenderiam ao ver quanto pode ser poupado para a obra de Deus pelos atos de renúncia. As pequenas somas poupadas por atos de sacrifício farão mais para o levantamento da obra de Deus do que os grandes donativos que forem feitos sem renúncia. CRA 404 1 Os adventistas do sétimo dia proclamam verdades momentosas. Há mais de quarenta anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma de saúde, mas de que modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus! Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma de saúde. No tocante à temperança, deveríamos haver progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhes apraz e procedem do mesmo modo. ... CRA 404 2 Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde abundam as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. Fui instruída que a alimentação de carne tende a embrutecer a natureza e a privar os homens daquele amor e simpatia que devem sentir uns pelos outros, dando aos instintos baixos o domínio sobre as faculdades superiores do ser. Se a alimentação de carne foi saudável algum dia, é perigosa agora. Constitui em grande parte a causa dos cânceres, tumores e moléstias dos pulmões. CRA 404 3 Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso de carne, têm sobre outras pessoas. Como mensageiros de Deus, não devemos testemunhar ao povo: "Quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus"? 1 Coríntios 10:31. Não devemos dar um testemunho decidido contra a transigência com o apetite pervertido? Porventura os ministros do evangelho, que estão a proclamar a verdade mais solene já enviada aos mortais, devem constituir-se exemplo no regresso às panelas de carne do Egito? É lícito que os que são sustentados pelos dízimos dos celeiros de Deus se permitam a condescendência que tende a envenenar a corrente vivificadora que lhes flui nas veias? Desprezarão a luz que Deus lhes deu e as advertências que lhes faz? A saúde do corpo deve ser considerada como essencial para o crescimento na graça e para a aquisição de bom temperamento. Se o estômago não for bem cuidado, a formação de caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir impróprios também. CRA 405 1 Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar tudo que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus. -- Testimonies for the Church 9:156-160 (1909); Testemunhos Selectos 3:357-360. Progressiva reforma dietética nas instituições Adventistas do Sétimo Dia CRA 405 2 O conselho concernente à questão da carne não é completo sem o quadro da luta por seu abandono em nossas instituições, segundo se manifesta em várias comunicações da Sr. White, e as instruções estimulando a progressiva reforma no regime dietético. É essencial que o leitor conserve em mente esses fatos e o tempo em que foram escritas as diversas declarações ao estudar essa fase da questão do alimento cárneo. -- Compiladores.] Apelos quanto a um regime isento de carne em nossas primeiras instituições médicas (1884) CRA 405 3 720. Ergui-me hoje às quatro horas da manhã para escrever-vos estas linhas. Tenho pensado muito ultimamente como a instituição que presidis poderia tornar-se tudo o que Deus quereria que fosse, e tenho alguns pensamentos a sugerir. CRA 406 1 Somos reformadores no sentido da saúde, buscando voltar, o quanto possível, ao plano original do Senhor concernente à temperança. Esta não consiste meramente em nos abstermos de bebidas intoxicantes e de fumo; estende-se além disso. Ela deve regular o que comemos. CRA 406 2 Todos nós estamos relacionados com a reforma de saúde. Mas quando visito o Retiro, vejo que há muito marcante afastamento da reforma de saúde no que concerne ao comer carne, e estou convicta de que importa haver mudança, e isto imediatamente. Vosso regime é em grande parte composto de carne. Deus não está conduzindo nessa direção; o inimigo busca estabelecer a questão do regime em bases errôneas mediante o conduzir os que estão à testa da instituição a acomodar o regime ao apetite dos doentes. CRA 406 3 Quando o Senhor conduziu os filhos de Israel para fora do Egito, propôs-Se a estabelecê-los em Canaã como um povo puro, feliz, sadio. Consideremos o plano de Deus, e vejamos por que maneira foi isto efetuado. Restringiu-lhes o regime. Tirou-lhes em grande medida o alimento cárneo. Eles, porém, ansiaram ardentemente as panelas de carne do Egito, e Deus deu-lhes carne, e com ela o seguro resultado. CRA 406 4 O Retiro da Saúde foi estabelecido a grande custo, para tratar os doentes sem drogas. Devia ser dirigido segundo princípios de saúde. A medicação com drogas deve ser afastada o mais rapidamente possível, até que seja inteiramente rejeitada. Deve-se educar o povo quanto ao regime apropriado, da mesma maneira que o vestir, o exercitar-se. Não somente nosso povo deve ser educado, mas os que não receberam a luz acerca da reforma de saúde devem ser ensinados no que respeita a viver saudavelmente, segundo a ordem de Deus. Se, porém, não temos nós mesmos uma norma nesse sentido, que necessidade há de incorrer em tão grande dispêndio para estabelecer uma instituição de saúde? Onde entrará a reforma? CRA 406 5 Não posso admitir que estejamos andando segundo as prescrições de Deus. Cumpre-nos ter uma diversa ordem de coisas, ou desistir do nome de Retiro da Saúde; pois ele é inteiramente impróprio. O Senhor mostrou-me que o Instituto de Saúde não deve ser moldado para satisfazer o apetite ou as idéias de qualquer pessoa. Estou apercebida do fato de que a desculpa quanto à permissão de comer carne na instituição tem sido que os buscadores do prazer que ali chegam não se agradam de qualquer outra alimentação. Deixem-nos então ir a qualquer lugar em que possam obter o regime que desejam. Quando a instituição não puder ser dirigida, mesmo para os hóspedes, em harmonia com os justos princípios, tire ela então o nome que se atribuiu. A desculpa que tem sido alegada, porém, não existe agora; pois os clientes de fora são muito poucos. CRA 407 1 É causado positivo dano ao organismo pelo contínuo comer carne. Não há nenhuma desculpa para isso a não ser um apetite pervertido, depravado. Talvez pergunteis: Quereria a senhora acabar inteiramente com o comer carne? Respondo: Finalmente chegarei a isto, mas não estamos preparados para este passo justo agora. O comer carne será finalmente abandonado. A carne de animais não mais constituirá parte de nosso regime; e olharemos com desagrado para um açougue. ... CRA 407 2 Somos constituídos daquilo que comemos. Fortaleceremos as paixões animais comendo alimento animal? Em vez de educar o gosto em apreciar esse regime grosseiro, é bem tempo de educar-nos a viver de frutas, cereais e verduras. Esta é a obra de todos quantos se acham ligados a nossas instituições. Usai cada vez menos carne, até que ela não seja absolutamente usada. Se a carne for abandonada, se o paladar não for educado nessa direção, se for estimulado o gosto por frutas e cereais, em breve será como Deus designou no princípio que fosse. Carne alguma será usada por Seu povo. CRA 407 3 Quando a carne não for usada como tem sido, aprendereis mais correta maneira de cozinhar, e sereis capazes de substituir a carne por qualquer outra coisa. Muitos pratos benéficos à saúde podem ser preparados, os quais são isentos de gordura e carne de animais mortos. Uma variedade de pratos simples, perfeitamente saudáveis e nutritivos, podem ser providos independentemente de carne. Homens vigorosos precisam comer abundância de verduras, frutas e cereais. Acidentalmente alguma carne pode ter de ser servida a pessoas de fora que educaram de tal maneira o paladar que julgam não poderem manter as forças a menos que comam carne. Terão, porém, maior capacidade de resistência caso se abstenham desse alimento do que se dele viverem em grande parte. CRA 408 1 A principal objeção dos médicos e auxiliares no Retiro da Saúde a rejeitar o regime cárneo, é que eles querem carne, e então alegam que precisam ter carne. Portanto, estimulam o uso da mesma. Deus não quer, no entanto, que os que chegam ao Retiro da Saúde sejam educados a viver de um regime cárneo. Por simples palestras no salão e pelo exemplo, educai noutra direção. Isto demandará grande habilidade no preparo dos alimentos sãos. Exigirá mais trabalho, todavia deve ser gradualmente feito. Usai menos carne. Eduquem os que cozinham e os que têm a responsabilidade, seus próprios gostos e hábitos no comer segundo as leis da saúde. CRA 408 2 Temos estado a voltar para o Egito em vez de avançar para Canaã. Não inverteremos a ordem das coisas? Não teremos comida simples e sã em nossa mesa? Não dispensaremos os biscoitos quentes, que só causam dispepsia? Aqueles que elevam a norma o mais próximo que lhes é possível da prescrição de Deus, segundo a luz que Ele lhes comunicou mediante Sua Palavra e os testemunhos de Seu Espírito, não mudarão de atitude para satisfazer os desejos de seus amigos ou parentes, sejam eles um ou dois ou uma hoste, que estejam vivendo contrariamente aos sábios arranjos do Senhor. Caso procedamos nessas coisas movidos por princípios, se observarmos estritas regras de regime, se, como cristãos, educarmos nossos gostos em harmonia com os planos de Deus, exerceremos uma influência que satisfará a mente de Deus. A questão é: "Estamos nós dispostos a ser verdadeiros reformadores de saúde?" CRA 408 3 É essencial que seja evitada a rotina no regime. O apetite será muito melhor havendo mudanças na comida. Sede uniformes. Não useis várias espécies de alimentos numa refeição, e nenhuma variedade na seguinte. Dai atenção à economia nesse sentido. Deixai o povo queixar-se, se quiserem. Deixai-os criticar se não há variedade suficiente para satisfazer-lhes o gosto. Os israelitas queixavam-se sempre de Moisés e de Deus. E vosso dever manter a norma da reforma de saúde. Mais se pode fazer pelos doentes mediante a regularização de seu regime alimentar do que por todos os banhos que lhes possam ser dados. CRA 408 4 Empregai em frutas a mesma quantia gasta em carne. Mostrai ao povo a correta maneira de viver. Houvesse isto sido feito desde o princípio na instituição de _____, e o Senhor haver-Se-ia agradado, e teria aprovado os esforços. ... CRA 409 1 Cuidado e habilidade devem ser exercidos no preparo do alimento. Espero que a Dra. _____ ocupe a posição que lhe foi designada, que tenha conselho com a cozinheira, de modo que a comida posta à mesa no Retiro de Saúde esteja em harmonia com a reforma de saúde. Porque alguém se inclina a condescender com o próprio apetite, não deve alegar que sua maneira é que é o modo de viver; não deve, por seu modo de agir, procurar moldar a instituição a fim de harmonizá-la a seus gostos e costumes. Os que têm a responsabilidade da instituição devem aconselhar-se freqüentemente uns com os outros. Devem agir em perfeita harmonia. CRA 409 2 Não alegueis, eu vos rogo, que o comer carne deve ser correto, porque este ou aquele, que é escravo do apetite, disse que não pode viver no Retiro de Saúde sem carne. Manter-se de carne de animais mortos é uma maneira vulgar de viver, e como um povo, devemos estar operando uma mudança, uma reforma, ensinando ao povo que há preparações de alimentos que lhes darão mais forças, e lhes conservarão mais a saúde do que a carne. CRA 409 3 O pecado desta geração é a glutonaria no comer e beber. Condescendência com o apetite, eis o deus a que muitos adoram. Os que se acham ligados com o Instituto de Saúde devem dar um bom exemplo nessas coisas. Devem proceder conscienciosamente no temor de Deus, e não serem dominados por um paladar pervertido. Ser cabalmente esclarecidos quanto aos princípios da reforma de saúde, e em todas as circunstâncias postar-se sob sua bandeira. CRA 409 4 Espero, Dra. _____, que aprendais mais e mais a maneira de cozinhar saudavelmente. Providenciai abundância de comida boa e sã. Não economizeis nesse sentido. Restringi vossos cardápios de carne, mas tende bastante fruta e verdura boa, e tereis então o prazer de ver o vigoroso apetite com que todos partilharão do que preparais. Nunca penseis que a comida boa, saudável que se ingere é perdida. Ela proporcionará sangue e músculos, e dará forças para os deveres diários. -- Carta 3, 1884. CRA 410 1 721. Tenho estado a pensar muito no Instituto de Saúde de _____. Muitos pensamentos me enchem a mente, e desejo expressar-vos alguns deles. CRA 410 2 Tenho evocado a luz que me foi comunicada por Deus, e por meu intermédio a vós transmitida, quanto à reforma de saúde. Tendes vós procurado com cuidado e oração, compreender a vontade de Deus nessa questão? A desculpa tem sido que os de fora querem regime cárneo; mas mesmo que eles recebessem alguma carne, sei que, com cuidado e habilidade, seriam preparados pratos que em larga escala, substituíssem a carne, e dentro de pouco tempo eles estariam educados a deixar a carne de animais mortos. Mas se alguém que faz a cozinha depende principalmente da carne, essa pessoa pode encorajar -- e encorajará -- o alimento cárneo, e o apetite pervertido forjará toda desculpa quanto a essa espécie de regime. CRA 410 3 Quando vi como as coisas estavam indo -- que se _____ não tivesse carne para cozinhar não sabia que prover como substituto, e que a carne era o principal artigo na alimentação -- senti que era preciso haver imediatamente uma mudança. Pode haver alguns tuberculosos que exijam carne, mas que eles a recebam em seu quarto, e não tentem o já pervertido apetite dos que não a devem comer. ... Talvez penseis que não vos é possível trabalhar sem carne. Assim pensei algum tempo, mas sei que em Seu plano original, Deus não providenciou carne de animais mortos como parte do regime alimentício do homem. É um gosto grosseiro, pervertido, que aceita esse alimento. ... Depois, o fato de a carne encontrar-se largamente afetada por doenças, deve levar-nos a fazer estrênuos esforços para deixar inteiramente de usá-la. Minha atitude agora é a de deixar de todo em paz a carne. Será difícil a alguns assim fazer; tão difícil como ao habituado ao álcool deixar seu trago; mas sentir-se-ão melhor com a mudança. -- Carta 2, 1884. Encarar de frente a questão CRA 410 4 722. O sanatório está fazendo boa obra. Chegamos justamente ao ponto da vexativa questão da carne. Não devem os que vão para o sanatório ter carne à mesa, e serem instruídos a deixá-la gradualmente?... Anos atrás foi-me comunicada luz quanto a não dever ser tomada a atitude de rejeitar totalmente a carne, porque em alguns casos ela era preferível às sobremesas, e pratos compostos de doces. Estes causam seguramente distúrbios. É a mistura de carne, verduras, frutas, vinhos, chá, café, bolos e tortas requintadas que arruínam o estômago, e põem os seres humanos em condições de se tornarem inválidos, com todos os desagradáveis efeitos da enfermidade sobre o temperamento. ... CRA 411 1 Apresento a palavra do Senhor Deus de Israel. Em virtude de transgressão, a maldição de Deus tem sobrevindo à própria Terra, e ao gado, e a toda carne. Os seres humanos estão sofrendo o resultado de sua própria conduta, desviando-se dos mandamentos de Deus. Também os animais sofrem sob a maldição. CRA 411 2 O uso da carne não deve entrar nas prescrições para nenhum inválido de quaisquer médicos dentre os que compreendem estas coisas. A doença no gado está tornando o comer carne coisa perigosa. A maldição do Senhor está sobre a Terra, o homem, os animais e os peixes no mar; e à medida que a transgressão se torna quase universal, será permitido à maldição tornar-se tão ampla e profunda como a própria transgressão. Contrai-se doença pelo uso da carne. A carne enferma desses animais mortos é vendida nos mercados, e o seguro resultado é a doença entre os homens. CRA 411 3 O Senhor deseja levar Seu povo a uma situação em que não toquem nem provem carne de animais mortos. Portanto, não sejam essas coisas prescritas por nenhum médico que tenha conhecimento da verdade para este tempo. Não há segurança alguma no comer carne de animais mortos, e dentro de breve tempo o leite das vacas será também excluído do regime do povo que guarda os mandamentos de Deus. Brevemente não será garantido usar coisa alguma que provenha da criação animal. Os que dão crédito à Palavra de Deus, e Lhe obedecem os mandamentos de todo o coração, serão abençoados. Ele será seu escudo protetor. Mas com o Senhor não se brinca. Desconfiança, desobediência, afastamento da vontade de Deus e de Seu caminho, colocará o pecador em situação em que Ele não pode dar-lhe Seu divino favor. ... CRA 412 1 Refiro-me outra vez à questão do regime. Não podemos fazer agora como nos arriscamos a fazer no passado quanto ao comer carne. Esta tem sido sempre uma maldição à família humana, mas em nossos dias isto se torna particularmente a maldição pronunciada por Deus sobre os rebanhos do campo em razão da transgressão e pecado do homem. A doença nos animais está-se tornando mais e mais comum, e nossa única segurança agora é deixar a carne inteiramente de lado. Dominam hoje as doenças em seu estado mais agravado, e a última coisa que médicos esclarecidos devem fazer é aconselhar doentes a comer carne. É por comer carne em tão alta escala neste país que homens e mulheres estão ficando desmoralizados, o sangue corrompido, as moléstias implantadas no organismo. Por causa do comer carne muitos morrem, e não compreendem a causa. Fosse a verdade sabida, daria testemunho de que fora a carne de animais que passaram pela morte. O pensamento de alimentar-se de carne de animais mortos é repulsivo, mas há alguma coisa além disto. Ao comer carne, partilhamos de carne morta enferma, e esta semeia a semente da corrupção no organismo humano. CRA 412 2 Eu vos escrevo, meu irmão, para que não mais sejam dadas em nosso sanatório prescrições para comer carne. Não há desculpas para isso. Não há garantia quanto à influência e resultados posteriores sobre a mente humana. Sejamos reformadores de saúde em todo sentido do termo. Tornemos conhecido em nossas instituições que não mais haverá mesa de carne, mesmo para os pensionistas; e então as instruções ministradas quanto ao abandono desse artigo não serão somente dizer, mas fazer. Se for menor a clientela, que seja. Os princípios serão de muito maior valor quando forem compreendidos, quando for sabido que a vida de nenhuma criatura viva será tirada para sustentar a vida do cristão. -- Carta 59, 1898. Uma segunda carta enfrentando o assunto CRA 412 3 723. Recebi vossa carta, e darei o melhor que possa a explicação relativamente à carne. As palavras que mencionais achavam-se numa carta a _____ e alguns outros ao tempo que a irmã _____ se achava no Retiro de Saúde [720]. Essas cartas foram procuradas com afinco. Algumas cartas foram copiadas, e outras não. Disse-lhes que dessem informações acerca do tempo das declarações feitas. Naquela época o regime cárneo estava sendo prescrito e usado em larga escala. A luz que me fora comunicada era que a carne em condições de saúde não devia ser cortada imediatamente, mas palestras deviam ser feitas no salão relativamente ao uso da carne de animais mortos, de qualquer espécie; que frutas, cereais e verduras devidamente preparados era tudo o que o organismo exigia para manter-se com saúde; mas que eles precisavam primeiro mostrar que não necessitamos de carne, uma vez que haja bastante fruta, como na Califórnia. No Retiro de Saúde, porém, eles não estavam preparados para dar passos abruptos, depois de haverem usado tão abundantemente a carne como haviam feito. Seria necessário usarem-na bem parcimoniosamente a princípio, deixando-a afinal inteiramente. Mas precisaria haver apenas uma mesa chamada a mesa dos pacientes que comem carne. As outras mesas deviam estar isentas desse artigo. ... CRA 413 1 Trabalhei com demasiado fervor para que toda a carne fosse abandonada, mas essa difícil questão precisa ser tratada discretamente, sem precipitação, depois de a carne haver sido usada três vezes ao dia. Os pacientes devem ser educados do ponto de vista da saúde. CRA 413 2 Isto é tudo de quanto me posso lembrar naquele ponto. Mais luz ou conhecimento tem sobrevindo, para nossa consideração. A criação animal está enferma, e é difícil determinar o grau de enfermidade na família humana resultante do regime cárneo. Lemos constantemente nos jornais diários acerca da inspeção da carne. Açougues estão continuamente sendo esvaziados; a carne que se vende é condenada como imprópria para o uso. CRA 413 3 Tem-me sido comunicado por muitos anos o conhecimento de que a carne não é boa para a saúde nem a moral. Parece todavia tão estranho que eu tenha de enfrentar repetidamente essa questão do comer carne. Tive uma palestra muito minuciosa e decisiva com os médicos do Lar da Saúde. Eles haviam considerado o assunto, e o irmão e a irmã _____ foram levados a situações muito difíceis. Estava sendo prescrita carne aos pacientes. ... Sábado, enquanto na Associação da União Australiana, realizada em Stanmore, senti-me solicitada pelo Espírito do Senhor a tratar do caso do Lar da Saúde estabelecido em Summer Hill, que fica apenas a algumas estações de Stanmore. CRA 414 1 Apresentei as vantagens a serem obtidas nesse sanatório. Mostrei que a carne nunca devia ser posta à mesa como artigo de alimentação, que a vida e a saúde de milhares estavam sendo sacrificadas nos altares em que a carne de animais mortos era oferecida para consumo. Nunca fiz apelo mais veemente e decidido. Disse: Estamos gratos por ter aqui uma instituição em que não é prescrita a nenhum paciente a carne de animais mortos. Permiti que se diga que nem um bocado de carne tem sido posto à mesa, seja para médicos, seja para gerentes, auxiliares, ou pacientes. Disse: Temos confiança em nossos médicos, de que essa questão será tratada do ponto de vista da saúde; pois animais mortos devem ser sempre olhados como coisa imprópria para constituir regime alimentar de cristãos. CRA 414 2 Não disfarcei o assunto numa partícula que fosse. Disse que trouxessem os de nosso Lar de Saúde carne de animais mortos para a mesa, e mereceriam o desagrado de Deus. Contaminariam o templo de Deus, e necessitaria que lhes fossem dirigidas as palavras: Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. A luz que Deus me tem comunicado é que Sua maldição está sobre a terra, o mar, o gado, os animais. Dentro em pouco não haverá garantia na posse de rebanhos ou gados. A terra está em decadência sob a maldição de Deus. -- Carta 84, 1898. Permanecer fiéis a nossos princípios CRA 414 3 724. Tem decrescido ultimamente o número dos doentes em nosso sanatório, devido a uma série de circunstâncias que não se podiam remediar. Uma das razões da falta de clientela, penso, é a atitude que os que se encontram à testa da instituição têm tomado quanto a servir carne aos pacientes. Desde o início do sanatório, tem-se servido carne no refeitório. Sentimos haver chegado o tempo de tomar decidida atitude contra essa prática. Sabíamos não ser agradável a Deus que o alimento cárneo seja posto diante dos doentes. CRA 414 4 Agora, nem chá, nem café, nem carne é servido na instituição. Estamos decididos a viver os princípios da reforma de saúde, para andar no caminho da verdade e da justiça. Não seremos, por temor de perder os clientes, reformadores meio-termo. Tomamos nossa posição e, com o auxílio de Deus, nela permaneceremos. O alimento provido para os pacientes é saudável e apetecível. O regime é composto de frutas e cereais e nozes. Há, aqui na Califórnia, abundância de frutas de todas as espécies. CRA 415 1 Se chegam pacientes tão apegados ao regime da carne que julgam não poder viver sem ela, procuraremos fazê-los ver a questão de ponto de vista inteligente. E se assim não fizerem, se estiverem decididos a usar aquilo que lhes destrói a saúde, não nos recusamos a fornecer-lha, caso estejam dispostos a comê-la no quarto, e dispostos a incorrer nas conseqüências. Eles, porém, devem tomar sobre si a responsabilidade de suas ações. Não lhes sancionamos a direção. Não ousamos desonrar nossa mordomia sancionando o uso daquilo que contamina o sangue e traz doenças. Seríamos infiéis a nosso Mestre se fizéssemos aquilo que sabemos não ser aprovado por Ele. CRA 415 2 Esta é a atitude que havemos tomado. Estamos resolvidos a ser leais aos princípios da reforma de saúde, e que Deus nos ajude, é minha oração. CRA 415 3 É preciso pôr em prática planos que tragam um acréscimo de clientela. Seria, porém, correto de nossa parte, que por amor de obter mais pacientes, voltássemos a servir carne? Havemos de dar aos doentes aquilo que os fez adoecer, que os manterá doentes se o continuarem a usar como alimento? Não tomaremos antes nossa atitude como pessoas resolvidas a levar avante os princípios da reforma de saúde? -- Manuscrito 3a, 1903. CRA 415 4 725. Há em nossas instituições pessoas que pretendem crer nos princípios da reforma de saúde, e que todavia condescendem com o uso de alimentos cárneos e outros que sabem serem prejudiciais à saúde. Digo a esses, em nome do Senhor: Não aceiteis cargos em nossas instituições enquanto vos recusais a viver os princípios que nossas instituições representam; pois assim fazendo, tornais duplamente difícil a obra dos mestres e dirigentes que se estão esforçando para conduzir a obra na direção devida. Desobstruí a estrada do Rei. Deixai de bloquear o caminho da mensagem que Ele envia. CRA 416 1 Foi-me mostrado que os princípios que nos foram dados nos primeiros dias de nossa mensagem devem ser considerados tão importantes por nosso povo hoje, como o eram então. Alguns há que nunca seguiram a luz a nós comunicada relativamente à questão do regime. É tempo agora de tirar a luz de sob o alqueire, e deixá-la resplandecer em raios límpidos e brilhantes. -- Manuscrito 73, 1908. ------------------------Capítulo 24 -- Bebidas Água pura uma bênção CRA 419 1 726. Na saúde e na doença, a água pura é uma das mais excelentes bênçãos do Céu. Seu uso devido promove a saúde. Foi a bebida provida por Deus para saciar a sede de homens e animais. Bebida abundantemente, ela ajuda a suprir as necessidades do organismo, e a natureza em resistir à doença. -- A Ciência do Bom Viver, 236 (1905). CRA 419 2 727. Eu devo comer com parcimônia, aliviando assim meu organismo de uma carga desnecessária, e estimular a alegria, e proporcionar-me os benefícios do exercício apropriado ao ar livre. Devo banhar-me com freqüência e beber abundante água pura, leve. -- The Health Reformer, Janeiro de 1871. Uso de água na doença CRA 419 3 728. A água pode ser empregada de muitas maneiras para aliviar o sofrimento. Goles de água quente, tomados antes de comer (mais ou menos meio litro), nunca farão qualquer dano, antes serão benéficos. -- Carta 35, 1890. CRA 419 4 729. Milhares de pessoas têm morrido por falta de água e ar puros, os quais poderiam haver vivido. ... Essas bênçãos, eles necessitam para ficar bons. Se fossem esclarecidos, e deixassem os remédios em paz, e se habituassem ao exercício ao ar livre, e arejarem sua casa, no verão e no inverno, e a usarem água para beber e banhar-se, estariam relativamente bem e felizes em vez de arrastarem existência miserável. -- Healthful Living, 56 (1866). Em casos de febre CRA 419 5 730. Caso, em seu estado febril, houvesse-lhes sido dado a beber abundância de água, e houvessem sido feitas também aplicações externas, haveriam sido poupados longos dias e noites de sofrimento, e salva muita vida preciosa. Milhares, porém, têm morrido com febres ardentes a consumi-los, até que o fogo que alimentava essa febre extinguiu-se, os órgãos vitais foram consumidos, e morreram na maior agonia, sem lhes ser permitido ter água para mitigar-lhes a sede ardente. A água, que é concedida a um prédio insensível para extinguir os elementos em fúria, não o é aos seres humanos para apagar o fogo que lhes está consumindo as entranhas. -- Healthful Living, 62, 63 (1866). Correto e errado uso de água CRA 420 1 731. Muitos cometem o erro de beber água fria nas refeições. Tomada com as refeições a água diminui a secreção das glândulas salivares; e quanto mais fria a água, tanto maior o dano causado ao estômago. Água ou limonada geladas ingeridas às refeições, paralisa a digestão até que o organismo haja comunicado ao estômago calor suficiente para recomeçar seu trabalho. As bebidas quentes são debilitantes; além disso, os que se permitem usá-las tornam-se escravos do hábito. O alimento não deve ser impelido para dentro com água; não é necessária bebida com as refeições. Comei devagar, e deixai que a saliva se misture com a comida. Quanto mais líquido for posto no estômago com as refeições, tanto mais difícil é para a digestão do alimento; pois esse líquido precisa ser absorvido primeiro. Não useis demasiado sal; abandonai os picles; excluí de vosso estômago alimentos ardendo de condimentos; comei frutas com as refeições, e a irritação que reclama tanta bebida cessará. Se, porém, alguma coisa é necessária para extinguir a sede, água pura, tomada pouco tempo antes ou depois da refeição, é tudo quanto a natureza requer. Nunca tomeis chá, café, cerveja, vinho ou qualquer bebida alcoólica. Água, eis o melhor líquido possível para limpar os tecidos. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. Os efeitos estimulantes do chá e do café CRA 420 2 732. O regime alimentar estimulante e a bebida de nossos dias não são conducentes ao melhor estado de saúde. Chá, café e fumo são todos estimulantes, e contêm venenos. São não somente desnecessários, mas nocivos, e devem ser rejeitados, caso queiramos acrescentar ao conhecimento, temperança. -- The Review and Herald, 21 de Fevereiro de 1888. CRA 421 1 733. O chá é venenoso para o organismo. Os cristãos devem deixá-lo em paz. A influência do café é, até certo ponto, a mesma do chá, mas o efeito sobre o organismo é ainda pior. Sua influência é excitante, e justo na medida em que ele eleva acima do normal, exaure e ocasiona depressão abaixo do normal também. Os bebedores de chá e de café, apresentam no rosto os seus vestígios. A pele torna-se pálida, tomando um aspecto sem vida. Não se lhes vê no semblante o brilho da saúde. -- Testimonies for the Church 2:64, 65 (1868); Testemunhos Selectos 1:196. CRA 421 2 734. Doenças de toda espécie e tipo têm sido trazidas sobre os seres humanos pelo uso de chá e café e os narcóticos, ópio e fumo. Essas condescendências prejudiciais devem ser abandonadas, não apenas uma, mas todas; pois todas são danosas e destruidoras das faculdades físicas, mentais e morais, devendo, do ponto de vista da saúde, ser abandonadas. -- Manuscrito 22, 1887. CRA 421 3 735. Nunca tomeis chá, café, cerveja, vinho ou quaisquer bebidas alcoólicas. Água, eis o melhor líquido possível para limpar os tecidos. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. CRA 421 4 736. Chá, café e fumo, bem como as bebidas alcoólicas, acham-se em graus diversos na escala dos estimulantes artificiais. CRA 421 5 O efeito do chá e do café, segundo tem sido mostrado até aqui, tende para a mesma direção do vinho e da sidra, do licor e do fumo. ... CRA 421 6 O café é uma satisfação nociva. Estimula temporariamente o cérebro a uma ação desnecessária, mas o efeito posterior é exaustão, prostração, paralisia das faculdades mentais, morais e físicas. A mente fica enfraquecida, e a menos que, mediante esforço determinado seja o hábito vencido, a atividade do cérebro é permanentemente diminuída. Todos esses irritantes dos nervos estão minando as forças vitais e o desassossego causado por nervos estragados, a impaciência, a fraqueza mental, tornam-se elementos contendores, antagônicos ao progresso espiritual. Não devem então os que advogam a temperança e a reforma estar alerta para neutralizar os males dessas bebidas prejudiciais? Em alguns casos é tão difícil romper com o hábito do chá e café, como é para ébrios abandonar o uso da bebida. O dinheiro gasto em chá e café, é mais que desperdiçado. Eles só causam dano aos que os usam, e isto continuamente. Os que usam chá, café, ópio e álcool, podem às vezes viver até avançada idade; isto, porém, não é argumento em favor do uso desses estimulantes. Que poderiam haver realizado, mas deixaram de fazê-lo por causa de seus hábitos intemperantes, só o grande dia de Deus revelará! CRA 422 1 Os que recorrem ao chá e ao café como estimulantes para o trabalho, experimentarão os maus efeitos dessa maneira de proceder em nervos trêmulos e falta de domínio. Nervos cansados necessitam de repouso e quietação. A natureza precisa de tempo para recuperar suas energias exaustas. Se suas forças, porém, continuam a ser instigadas pelo uso de estimulantes, há, quando esse processo é repetido, uma diminuição da força real. Por algum tempo, pode-se realizar mais sob o incitamento artificial, mas gradualmente se torna mais difícil suscitar as energias ao desejado ponto, e por fim a natureza exausta não mais pode corresponder. Os efeitos nocivos atribuídos a outras causas CRA 422 2 O hábito de beber chá e café é maior mal do que muitas vezes se suspeita. Muitos que se habituaram ao uso de bebidas estimulantes, sofrem de dor de cabeça e prostração nervosa, e perdem muito tempo em conseqüência de enfermidades. Imaginam que não podem viver sem o estímulo, e ignoram seus efeitos sobre a saúde. O que as torna mais perigosas é que seus maus efeitos são freqüentemente atribuídos a outras causas. Efeitos na mente e na moral CRA 422 3 Por meio do uso de estimulantes, sofre todo o organismo. Os nervos ficam desequilibrados, o fígado mórbido em suas atividades, a qualidade e a circulação do sangue são afetadas, e a pele torna-se inativa e pálida. Também a mente é prejudicada. A influência imediata desses estimulantes é excitar o cérebro a indevida atividade, só para deixá-lo mais fraco e menos capaz de esforço. O efeito posterior é prostração, não somente mental e física, mas moral. Vemos, em resultado, homens e mulheres nervosos, carentes de bom senso e mente desequilibrada. Manifestam muitas vezes um espírito precipitado, impaciente, acusador, vendo as faltas dos outros como através de lentes de aumento, e inteiramente incapazes de discernir os próprios defeitos. CRA 423 1 Quando esses bebedores do chá e do café se reúnem para entretenimentos sociais, manifestam-se os efeitos de seus perniciosos hábitos. Todos participam à vontade de suas bebidas prediletas, e à medida que é sentida a influência estimulante, solta-se-lhes a língua, e começam a obra ímpia de falar contra outros. Suas palavras não são poucas ou bem escolhidas. São passados ao redor os petiscos da maledicência, muitas vezes o próprio veneno do escândalo. Esses irrefletidos faladores esquecem que têm uma testemunha. Invisível Vigia está-lhes escrevendo as palavras nos livros do Céu. Toda essa crítica cruel, esses exagerados relatórios, esses sentimentos invejosos, expressos sob a excitação da xícara de chá, Jesus registra como contra Si mesmo. "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." CRA 423 2 Sofremos já por causa dos hábitos errôneos de nossos pais, e todavia quantos tomam ainda uma direção em todos os sentidos pior que a deles! Ópio, chá, café, fumo e bebida estão extinguindo rapidamente a fagulha da vitalidade que ainda resta na raça. São bebidos todos os anos milhões e milhões de litros de bebidas intoxicantes, e gastam-se muitos milhões de dólares em fumo. E os escravos do apetite, enquanto despendendo seus ganhos em satisfações sensuais, roubam a seus filhos o alimento e a roupa e as vantagens da educação. Jamais poderá haver um justo estado social enquanto existirem tais males. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 34-36 (1890). Cria excitação nervosa, não força CRA 423 3 737. Sois altamente nervoso e excitável. O chá tem o efeito de excitar os nervos, e o café obscurece o cérebro; são ambos altamente nocivos. Deveis ter cuidado em vosso regime. Comei os alimentos mais saudáveis, nutritivos, e mantende-vos em calmo estado de mente, de modo a não vos excitar e precipitar-vos na paixão. -- Testimonies for the Church 4:365 (1879). CRA 424 1 738. O chá atua como estimulante, e, até certo grau, produz intoxicação. A ação do café, e de muitas outras bebidas populares, é idêntica. O primeiro efeito é estimulante. São excitados os nervos do estômago; estes comunicam irritação ao cérebro, o qual, por sua vez, desperta para transmitir aumento de atividade ao coração, e uma fugaz energia a todo o organismo. Esquece-se a fadiga; parece aumentar a força. Desperta o intelecto, torna-se mais viva a imaginação. CRA 424 2 Em virtude desses resultados, muitos julgam que seu chá ou café lhes faz grande benefício. Mas é um engano. Chá e café não nutrem o organismo. Seu efeito produz-se antes de haver tempo para ser digerido ou assimilado, e o que parece força não passa de excitação nervosa. Uma vez dissipada a influência do estimulante, abate-se a força não natural, sendo o resultado um grau correspondente de languidez e fraqueza. CRA 424 3 O uso continuado desses irritantes nervosos é seguido de dores de cabeça, insônia, palpitação, indigestão, tremores, e muitos outros males; pois eles gastam a força vital. Os nervos fatigados necessitam repouso e quietação em lugar de estimulantes e superatividade. A natureza necessita de tempo para recuperar as exaustas energias. Quando suas forças são aguilhoadas pelo uso de estimulantes, conseguir-se-á mais durante algum tempo; mas, à medida que o organismo se enfraquece mediante o uso contínuo, torna-se gradualmente mais difícil erguer as energias ao nível desejado. A exigência de estimulantes se torna cada vez mais difícil de controlar, até que a vontade é vencida, parecendo não haver poder capaz de negar a satisfação do forte apetite contrário à natureza. São reclamados estimulantes mais fortes e ainda mais fortes, até que a natureza exausta já não pode corresponder. -- A Ciência do Bom Viver, 326, 327 (1905). Não têm valor alimentício CRA 425 1 739. A saúde de modo algum é melhorada pelo uso desses artigos que estimulam temporariamente, mas depois causam uma reação que deixa o organismo mais abatido que antes. Chá e café excitam por algum tempo as energias debilitadas, mas passada sua influência imediata, resulta uma sensação de depressão. Essas bebidas não têm absolutamente nenhum alimento em si mesmas. O leite e açúcar que contêm, constituem todo o alimento proporcionado por uma xícara de chá ou café. -- Carta 69, 1896. Percepção espiritual embotada CRA 425 2 740. Chá e café são estimulantes. Seus efeitos são semelhantes aos do fumo; mas afetam em grau menor. Os que usam estes venenos lentos, como os fumantes, pensam não poder passar sem eles, porque se sentem muito mal quando não têm esses ídolos. ... Os que condescendem com um apetite pervertido, fazem-no com prejuízo da saúde e do intelecto. Não podem apreciar o valor das coisas espirituais. Suas sensibilidades são embotadas, e o pecado não se lhes afigura muito maligno, e não consideram a verdade de maior valor do que tesouros terrestres. -- Spiritual Gifts 4:128, 129 (1864). CRA 425 3 741. Tomar chá e café é pecado, condescendência prejudicial, que, como outros males, causa dano à alma. Esses diletos ídolos criam excitação, ação mórbida do sistema nervoso; e depois que a influência imediata do estimulante passa, deixa abaixo do normal, na mesma proporção em que suas propriedades estimulantes elevaram acima do normal. -- Carta 44, 1896. CRA 425 4 742. Aqueles que usam fumo, chá e café devem pôr de lado esses ídolos, e porem esse gasto no tesouro do Senhor. Alguns nunca fizeram um sacrifício pela causa de Deus, e estão adormecidos quanto ao que o Senhor deles requer. Alguns dentre os mais pobres terão a maior luta para renunciar a esses estimulantes. Esse sacrifício individual não é exigido porque a causa de Deus esteja sofrendo por falta de meios. Mas cada coração será provado, cada caráter desenvolvido. É por princípio que deve agir o povo de Deus. É preciso pôr em prática na vida os princípios vivos. -- Testimonies for the Church 1:122 (1861). Os fortes desejos interferem com o culto espiritual CRA 426 1 743. Chá e café, da mesma maneira que o fumo, têm efeito prejudicial sobre o organismo. O chá é intoxicante; se bem que em grau menor, seu efeito é, no caráter, o mesmo que o das bebidas alcoólicas. O café tem maior tendência para obscurecer o intelecto e amortecer as energias. Não é tão poderoso como o fumo, mas semelhante em seus efeitos. Os argumentos apresentados quanto ao fumo podem ser também alegados acerca do chá e do café. CRA 426 2 As pessoas habituadas ao uso do chá, café, fumo, ópio e bebidas alcoólicas, não podem adorar a Deus quando privadas da costumada satisfação. Empenhem-se eles, enquanto privados desses estimulantes, no culto a Deus, e a graça divina será impotente para animar, vivificar ou espiritualizar suas orações ou seus testemunhos. Esses professos cristãos deveriam considerar os meios que lhes dão satisfação. Vêm eles de cima, ou de baixo? -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. O transgressor insensível não é sem culpa CRA 426 3 744. Satanás vê que não pode ter tanto poder sobre a mente quando o apetite é mantido em controle, como quando é satisfeito, e opera ele constantemente para levar os homens à condescendência. Sob a influência de alimento nocivo, a consciência torna-se insensibilizada, a mente obscurecida, e sua susceptibilidade às impressões é enfraquecida. A culpa do transgressor, porém, não é diminuída por a consciência haver sido violada até ficar insensível. CRA 426 4 Uma vez que o estado saudável da mente depende da condição normal das forças vitais, que cuidado deve ser tomado para que nem estimulantes nem narcóticos sejam usados! Vemos todavia que grande número dos que professam ser cristãos estão usando fumo. Deploram os males da intemperança; não obstante, ao passo que falam contra o uso das bebidas, esses mesmos homens expelem suco de fumo. É preciso haver mudança de sentimentos quanto ao uso do fumo antes que seja alcançada a raiz do mal. Levamos o assunto ainda mais longe. Chá e café estão fomentando o desejo de estimulantes mais fortes. E então chegamos ainda mais perto da questão -- o preparo da comida, e perguntamos: É a temperança praticada em tudo? São as reformas essenciais à saúde e à felicidade seguidas aí? CRA 427 1 Todo verdadeiro cristão terá controle sobre seus apetites e paixões. A menos que ele esteja livre da servidão do apetite, não pode ser fiel e obediente servo de Cristo. A condescendência com o apetite e as paixões embotam o efeito da verdade sobre o coração. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 79, 80 (1890). Batalha infeliz com o apetite CRA 427 2 745. A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos insalubres. Depois de algum tempo, devido à continuada complacência com o apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-se um estado mórbido, experimentando-se intenso desejo de tomar comida mais estimulante. O chá, o café e os alimentos cárneos, produzem efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica excitado, e, em certos casos, momentaneamente, o intelecto parece revigorado e a imaginação mais viva. Como esses estimulantes produzam no momento resultados tão agradáveis, muitos chegam à conclusão de que realmente deles necessitam, e continuam a usá-los. CRA 427 3 Há sempre, porém, uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevidamente excitado, tomou emprestado para o uso presente, energias reservadas para o futuro. Todo esse temporário avigoramento do organismo é seguido de depressão. Proporcional a esse passageiro aumento de forças do organismo, será a depressão dos órgãos assim estimulados, após haver cessado o efeito do excitante. O apetite educa-se a desejar algo mais forte, que tenda a manter e acrescentar a aprazível excitação, até que a condescendência se torne um hábito, havendo contínuo e intenso desejo de mais forte estímulo, como seja o fumo, vinhos e outras bebidas alcoólicas. Quanto mais se satisfizer ao apetite, tanto mais freqüente será sua exigência, e mais difícil de o controlar. Quanto mais enfraquecido se tornar o organismo, e menos capaz se tornar de passar sem tais estimulantes, tanto mais aumenta a paixão por eles, até que a vontade é levada de vencida, e parece impossível a resistência ao forte e falso desejo desses estimulantes. O único caminho seguro CRA 428 1 O único caminho seguro é não tocar, não provar, não manusear o chá, o café, vinhos, o fumo, o ópio e as bebidas alcoólicas. A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade fortalecida pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás, e vencer a mínima condescendência com o apetite pervertido, é duas vezes maior que a de algumas gerações passadas. -- Testimonies for the Church 3:487, 488 (1875); Testemunhos Selectos 1:416, 417, 418. O conflito entre a verdade e a condescendência com o próprio eu CRA 428 2 746. Os fatos relativos a Coré e seus companheiros, os quais se rebelaram contra Moisés e Arão, e contra Jeová, acham-se registrados para servirem de advertência ao povo de Deus, especialmente os que vivem na Terra perto do fim do tempo. Satanás tem levado pessoas a imitarem o exemplo de Coré, Datã e Abirã, em suscitar rebelião entre o povo de Deus. Os que se permitem levantar-se em oposição ao claro testemunho, enganam-se a si mesmos, e têm realmente pensado que aqueles sobre os quais Deus colocou o encargo de Sua obra eram exaltados acima do povo de Deus, e que seus conselhos e reprovações eram indesejados. Têm-se erguido em oposição ao franco testemunho que Deus queria que dessem em reprovação dos males existentes entre o povo de Deus. Os testemunhos apresentados contra as condescendências nocivas, como chá, café, rapé e fumo, têm irritado a certa classe, porque isso destruiria os seus ídolos. Muitos, por algum tempo ficaram indecisos quanto a fazer completo sacrifício de todos esses artigos prejudiciais, ou rejeitar o positivo testemunho apresentado, cedendo aos clamores do apetite. Assumiram uma atitude indecisa. Houve um conflito entre suas convicções quanto à verdade e suas condescendências consigo mesmos. Seu estado de indecisão tornou-os fracos, e em muitos casos prevaleceu o apetite. Sua intuição das coisas sagradas perverteu-se pelo uso desses venenos lentos; e por fim decidiram completamente, fossem quais fossem as conseqüências, não se negar a si mesmos. Esta decisão tremenda ergueu desde logo um muro de separação entre eles e os que se empenhavam em purificar-se, como Deus ordena, de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus. Os positivos testemunhos apresentados cruzavam-lhes o caminho, causando-lhes grande incômodo, e encontraram alívio em contra eles lutar, procurando crer e fazer os outros crerem, que eram falsos. Diziam que o povo estava com a razão, e que os testemunhos reprovadores é que causavam a dificuldade. E quando os rebeldes desenrolam sua bandeira, todos os desafetos acorrem ao redor do estandarte, e todos os defeituosos espirituais, os coxos, os mancos e os cegos, unem sua influência para espalhar, e semear a discórdia. -- Spiritual Gifts 4:36, 37 (1864). As raízes da intemperança CRA 429 1 747. Grandes esforços se fazem por derribar a intemperança; muito esforço se faz, no entanto, que não é dirigido exatamente ao ponto. Os advogados da reforma da temperança devem estar alerta quanto aos maus resultados do uso de comidas não saudáveis, dos condimentos, do chá e do café. Desejamos boa sorte a todos os obreiros da temperança; mas convidamo-los a considerar mais profundamente a causa do mal que combatem, e estar certos de que são coerentes na reforma. CRA 429 2 Deve ser mantido perante o povo que o justo equilíbrio das faculdades mentais e morais depende em alto grau da devida condição do sistema fisiológico. Todos os narcóticos e estimulantes não naturais que enfraquecem e degradam a natureza física, tendem a baixar o tono do intelecto e da moral. A intemperança jaz à base da depravação moral do mundo. Pela satisfação do apetite pervertido, perde o homem seu poder de resistir à tentação. CRA 429 3 Os reformadores da temperança têm uma obra a fazer em educar o povo nesse sentido. Ensinai-lhes que a saúde, o caráter, e a própria vida, são postos em perigo pelo uso de estimulantes que excitam as exaustas energias a uma ação antinatural, espasmódica. Perseverai, e a natureza se aliará CRA 430 1 Quanto ao chá, ao café, fumo e bebidas alcoólicas, a única atitude segura é não tocar, não provar, não manusear. A tendência do chá, café, e bebidas semelhantes é no mesmo sentido que as bebidas alcoólicas e o fumo, e em alguns casos o hábito é tão difícil de vencer como é para um bêbado o abandonar os intoxicantes. Os que tentam deixar esses estimulantes, experimentarão por algum tempo sua falta, e sofrerão sem eles. Com persistência, porém, vencerão o forte desejo, e a falta deixará de se fazer sentir. A natureza talvez exija algum tempo até se recuperar do mau trato sofrido; dai-lhe, no entanto, uma oportunidade, e ela se reanimará, realizando nobremente e bem a sua tarefa. -- A Ciência do Bom Viver, 335 (1905). CRA 430 2 748. Satanás está corrompendo a mente e destruindo a alma mediante suas tentações sutis. Verá nosso povo e sentirá o pecado da condescendência com o apetite pervertido? Abandonarão eles o chá, o café, a carne e toda comida estimulante, e consagrará os meios despendidos com essas satisfações nocivas à propagação da verdade? ... Que poder poderá ter o adepto do fumo para deter o progresso da intemperança? Importa haver uma revolução em nosso mundo quanto ao assunto do fumo antes de o machado ser posto à raiz da árvore. Levamos a questão ainda mais longe. O chá e o café estão fomentando o apetite que se está desenvolvendo em torno de estimulantes mais fortes, como fumo e bebidas alcoólicas. -- Testimonies for the Church 3:569 (1875). CRA 430 3 749. No que respeita ao alimento cárneo, podemos todos dizer: Deixemo-lo em paz. E todos devem dar claro testemunho contra chá e café não os usando nunca. São narcóticos, juntamente nocivos ao cérebro e aos outros órgãos do corpo. ... CRA 430 4 Renunciem os membros de nossa igreja a todo desejo egoísta em matéria de alimento. Todo dinheiro gasto em chá, café e carne é mais que desperdiçado; pois essas coisas impedem o melhor desenvolvimento das faculdades físicas, mentais e espirituais. -- Carta 135, 1905. Uma sugestão de Satanás CRA 431 1 750. Pensam alguns que não se podem reformar, que sacrificariam a saúde se tentassem deixar o uso do chá, do fumo e dos alimentos cárneos. Isto é a sugestão de Satanás. São esses nocivos estimulantes que estão a minar a constituição e preparando o organismo para doenças agudas por desequilibrarem o fino maquinismo da natureza e derribarem-lhe as fortificações erigidas contra a doença e decadência prematura. ... CRA 431 2 O uso de estimulantes não naturais é destrutivo para a saúde, e tem sobre o cérebro influência obscurecedora, tornando-lhe impossível apreciar as coisas eternas. Os que acariciam esses ídolos não podem avaliar devidamente a salvação operada por Cristo em seu proveito mediante uma vida de abnegação, contínuo sofrimento, e vitupério, dando afinal a própria vida, vida impecável, para salvar da morte o homem a perecer. -- Testimonies for the Church 1:548, 549 (1867). CRA 431 3 751. Nem chá nem café devem ser servidos. Cereal torrado, feito da melhor maneira possível, deve ser servido em lugar dessas bebidas destruidoras da saúde. -- Carta 200, 1902. CRA 431 4 752. Sob certas circunstâncias, talvez algumas pessoas tenham necessidade de uma terceira refeição. Esta, porém, se é que deve mesmo ser tomada, deve ser muito leve, e de comida de fácil digestão. Bolachas de sal, ou pão torrado e fruta, ou café de cereal, eis os alimentos mais próprios para a refeição da noite. -- A Ciência do Bom Viver, 321 (1905). CRA 432 1 753. Uso um pouco de leite fervido com meu simples café feito em casa. -- Carta 73a, 1896. Uso imoderado de bebidas quentes e nocivas CRA 432 2 754. Não são exigidas bebidas quentes, a não ser como remédio. O estômago é grandemente prejudicado por grande quantidade de comidas e bebidas quentes. Dessa maneira, a garganta e os órgãos digestivos, e mediante eles os outros órgãos do corpo, são enfraquecidos. -- Carta 14, 1901. CRA 432 3 755. Vivemos em uma época de intemperança, e prover para o apetite do bebedor de sidra é uma ofensa a Deus. Juntamente com outros, empenhastes-vos nesse trabalho por não haver seguido a luz. Houvésseis vós permanecido na luz e não haveríeis, não poderíeis haver feito isto. Cada um de vós que tivestes parte nesse trabalho há de vir sob a condenação de Deus, a menos que façais inteira mudança em vosso negócio. Necessitais ser sinceros. Precisais começar imediatamente a obra para purificar vossa alma da condenação. ... CRA 432 4 Depois de haverdes tomado decidida atitude em oposição a ativa participação na obra das sociedades de temperança, poderíeis ainda haver conservado certa influência sobre outros para o bem, caso houvésseis agido conscienciosamente em harmonia com a santa fé que professais; mas, empenhando-vos na manufatura da sidra, prejudicastes muito vossa influência; e o que é pior, trouxestes opróbrio à verdade, e vossa própria alma foi prejudicada. Tendes estado a construir uma barreira entre vós e a causa da temperança. Vossa conduta levou incrédulos a pôr em dúvida os vossos princípios. Não estais fazendo retas veredas para vossos pés; e os coxos estão vacilando e tropeçando em vós para perdição. CRA 432 5 Não posso ver como, à luz da lei de Deus, podem cristãos empenhar-se conscienciosamente na cultura de lúpulo ou na manufatura de vinho ou de sidra para o mercado. Todos esses artigos podem ser empregados para bons fins, e demonstrarem-se uma bênção; ou podem ser postos em mau uso, e demonstrarem-se uma tentação e uma ruína. Sidra e vinho podem ser engarrafados quando frescos, e conservados doces por longo tempo; e caso sejam usados quando não fermentados, não destronarão a razão. ... O beber moderado, caminho para a embriaguez CRA 433 1 As pessoas podem-se intoxicar na verdade tanto com vinho e sidra como com bebidas mais fortes, e a pior espécie de embriaguez é produzida por essas bebidas chamadas mais brandas. As paixões são mais perversas; a transformação do caráter é maior, mais decidida e obstinada. Alguns litros de sidra ou de vinho podem suscitar o gosto pelas bebidas mais fortes, e em muitos casos foi assim que os que se tornaram ébrios confirmados lançaram o fundamento do hábito da bebida. Para algumas pessoas não é de modo algum seguro ter em casa vinho ou sidra. Herdaram a sede de estimulantes, com que Satanás está continuamente os incitando a condescenderem. Caso eles cedam a suas tentações, não param; a sede clama por satisfação, e é satisfeita para ruína sua. O cérebro é obscurecido e anuviado; a razão não mais maneja as rédeas, antes estas são postas ao pescoço da concupiscência. Licenciosidade, adultério e vícios quase de toda sorte são seguidos em resultado da condescendência com o desejo do vinho e da sidra. Um professor de religião que gosta desses estimulantes, e habitua-se a usá-los, jamais crescerá na graça. Torna-se grosseiro e sensual; as paixões animais regem-lhe as mais elevadas faculdades da mente, e não é nutrida a virtude. CRA 433 2 O beber moderadamente, eis a escola em que se estão hoje educando homens para a carreira do ébrio. Tão gradualmente desvia Satanás das fortalezas da temperança, tão insidiosamente o inofensivo vinho e a sidra exercem sua influência no gosto, que, eles entram na senda da embriaguez sem o suspeitar. O gosto pelos estimulantes é cultivado; o sistema nervoso fica em desordem; Satanás conserva a mente numa febre de desassossego, e a pobre vítima, imaginando-se perfeitamente segura, vai prosseguindo, até que toda barreira é derribada, sacrificado todo princípio. As mais firmes resoluções são minadas; e os interesses eternos não são suficientemente fortes para manter o aviltado desejo sob o domínio da razão. CRA 434 1 Alguns nunca chegam a ser ébrios, mas encontram-se sempre sob a influência da sidra ou do vinho fermentado. Acham-se febris, mente fora de equilíbrio, não realmente delirantes, mas em condição identicamente má, pois todas as nobres faculdades da mente se acham pervertidas. Do uso habitual da sidra ácida resulta a tendência para doenças de várias espécies, como hidropisia, enfermidades do fígado, nervos trêmulos e tendência do sangue para a cabeça. Pelo uso dessas bebidas, trazem muitos doenças permanentes sobre si. Uns morrem de tuberculose ou tombam ao golpe da apoplexia, unicamente por essa razão. Alguns sofrem dispepsia. Toda função vital é amortecida, e os médicos lhes dizem que sofrem do fígado, quando se eles arrebentassem o barril de sidra, não o substituindo nunca mais, suas maltratadas forças vitais recuperariam o primitivo vigor. CRA 434 2 O beber sidra conduz às bebidas mais fortes. O estômago perde o natural vigor, e é necessário alguma coisa mais forte para o excitar à ação. ... Vemos o poder que tem a sede de bebida forte sobre os homens; vemos quantos, pessoas de todas as profissões e de sérias responsabilidades -- homens de posições elevadas e privilegiados talentos, de grandes consecuções, de finas sensibilidades, nervos fortes e boas faculdades de raciocínio -- sacrificam tudo pela satisfação do apetite, até que são reduzidos ao nível dos animais; e em muitos, muitos casos, sua direção decadente começou com o uso do vinho ou da sidra. Nosso exemplo deve estar do lado da reforma CRA 434 3 Quando homens e mulheres inteligentes, professos cristãos, alegam que não há dano em fazer vinho ou sidra para o mercado, porque, quando não fermentado eles não intoxicam, meu coração se entristece. Sei que há outra face do assunto a que eles se recusam a olhar; pois o egoísmo lhes cerrou os olhos aos terríveis males que podem resultar do uso desses estimulantes. ... CRA 435 1 Como um povo, professamos ser reformadores, ser portadores de luz no mundo, ser fiéis sentinelas de Deus, guardando toda entrada pela qual Satanás pode penetrar com suas tentações para perverter o apetite. Nosso exemplo e influência podem ser uma força do lado da reforma. Cumpre abster-nos de toda prática que embote a consciência ou estimule a tentação. É preciso não abrirmos porta alguma que dê a Satanás acesso à mente de um ser formado à imagem de Deus. Se todos fossem vigilantes e fiéis no guardar as pequeninas aberturas feitas pelo uso moderado dos chamados vinho e sidra inofensivos, fechado seria o caminho à embriaguez. O que é necessário em toda comunidade é firmeza de propósito, a força de vontade para não tocar, não provar, não manusear; então a reforma pró-temperança será vigorosa, permanente e cabal. ... CRA 435 2 O Redentor do mundo, que conhece bem o estado da sociedade nos últimos dias, representa o comer e beber como os pecados que condenam este século. Ele nos diz que, como foi nos dias de Noé, assim será quando o Filho do homem Se revelar. "Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos." Justamente tal estado de coisas existirá nos últimos dias, e os que crêem nessas advertências usarão da máxima cautela para não tomarem uma direção que os leve a ficar sob condenação. CRA 435 3 Consideremos, irmãos, este assunto à luz escriturística, e exerçamos decidida influência no sentido da temperança em todas as coisas. Maçãs e uvas são dons de Deus; podem ser usadas de maneira excelente como artigos de alimentação, ou podem ser mal empregadas, sendo usadas de modo errôneo. Já Deus está praguejando a colheita das uvas e das maçãs por causa das práticas pecaminosas dos homens. Estamos diante do mundo como reformadores; não demos ocasião aos infiéis e incrédulos para censurarem nossa fé. Disse Cristo: "Vós sois o sal da Terra", "a luz do mundo." Mostremos que nosso coração e consciência se acham sob a influência transformadora da graça divina, e que nossa vida é governada pelos puros princípios da lei de Deus, mesmo que esses princípios exijam o sacrifício de interesses temporais. -- Testimonies for the Church 5:354-361 (1885). Sob o microscópio CRA 436 1 756. As pessoas que herdaram o apetite dos estimulantes contrários à natureza, não devem por modo nenhum ter vinho, cerveja ou sidra diante dos olhos ou ao seu alcance; pois isto lhes mantém a tentação continuamente adiante. Considerando inofensiva a sidra não fermentada, muitos não têm escrúpulos de a comprar à vontade. Mas só por pouco tempo se conserva ela não fermentada; começa depois a fermentação. O sabor picante que adquire então a torna ainda mais apetecível para muitos paladares, e ao seu adepto repugna reconhecer que ela fermentou. CRA 436 2 Há perigo para a saúde mesmo no uso de sidra não fermentada, segundo é comumente produzida. Se o povo pudesse ver o que o microscópio revela quanto à sidra que compram, poucos estariam dispostos a ingeri-la. Freqüentemente os que fabricam sidra para o mercado não são cuidadosos quanto às condições da fruta empregada, sendo extraído o suco de maçãs bichadas e podres. Aqueles que não quereriam pensar em se servir de maçãs apodrecidas e envenenadas de outro jeito, beberão sidra delas feita, considerando-a uma delícia; mas o microscópio mostra que mesmo quando fresca, saída da prensa, essa aprazível bebida é inteiramente imprópria para o consumo. CRA 436 3 A intoxicação é produzida tão positivamente pelo vinho, cerveja e sidra, como pelas bebidas mais fortes. O uso delas suscita o gosto pelas outras, estabelecendo-se assim o hábito da bebida. O beber moderado é a escola em que os homens se educam para a carreira da embriaguez. Todavia, tão insidiosa é a obra desses estimulantes mais brandos, que a vítima entra no caminho da embriaguez antes de suspeitar o perigo em que se encontra. -- A Ciência do Bom Viver, 331, 332 (1905). Suco de uva não fermentado CRA 436 4 757. O puro suco da uva, livre de fermentação, é uma bebida saudável. Mas muitas das bebidas alcoólicas agora largamente consumidas contêm poções transmissoras de morte. Os que delas participam ficam muitas vezes enlouquecidos, privados da razão. Sob sua influência mortífera, cometem os homens crimes de violência e muitas vezes de homicídio. -- Manuscrito 126, 1903. Benéfico à saúde CRA 437 1 758. Fazei das frutas o artigo de dieta a ser posto em vossa mesa, o qual constituirá o cardápio. O suco de frutas com pão será altamente saboreado. A fruta boa, madura, não passada é uma coisa por que devemos dar graças ao Senhor, pois é benéfica à saúde. -- Carta 72, 1896. ------------------------Capítulo 25 -- Ensinando princípios saudáveis A necessidade da educação quanto à saúde CRA 441 1 759. Nunca foram mais necessários os conhecimentos dos princípios de saúde, do que o são na atualidade. Não obstante os maravilhosos progressos em tantos ramos relativos aos confortos e comodidades da vida, mesmo no que respeita a questões sanitárias e tratamento de moléstias, é alarmante o declínio do vigor físico e do poder de resistência. Isto reclama a atenção de todos quantos levam a sério o bem-estar de seus semelhantes. CRA 441 2 Nossa civilização artificial está fomentando males que destroem os sãos princípios. Os costumes e as modas se acham em guerra com a natureza. As práticas a que eles obrigam, e as condescendências que fomentam, estão diminuindo rapidamente a resistência física e mental, e trazendo sobre a raça insuportável fardo. A intemperança e o crime, a doença e a miséria, encontram-se por toda parte. CRA 441 3 Muitos transgridem as leis da saúde devido à ignorância, e necessitam instruções. A maioria, porém, sabe melhor do que aquilo que pratica. Estes precisam ser impressionados quanto a importância de tornar o conhecimento que têm um guia de vida. -- A Ciência do Bom Viver, 125, 126 (1905). CRA 441 4 760. Grande é a necessidade existente de conhecimentos quanto à reforma dietética. Hábitos errôneos de alimentação, e o uso de comidas nocivas, são em grande parte responsáveis pela intemperança, o crime e a ruína que infelicitam o mundo. -- A Ciência do Bom Viver, 146 (1905). CRA 441 5 761. Se quisermos elevar a norma moral em qualquer país aonde formos chamados, precisamos começar corrigindo seus hábitos físicos. A virtude do caráter depende da justa ação das faculdades da mente e do corpo. -- [Medical Missionary, Novembro-Dezembro de 1892] Conselhos Sobre Saúde, 505. Muitos serão esclarecidos CRA 442 1 762. O Senhor me tem revelado que muitos, muitos serão salvos de degenerescência física, mental e moral por meio da influência prática da reforma de saúde. Far-se-ão conferências sobre a saúde; multiplicar-se-ão as publicações. Os princípios da reforma de saúde serão recebidos com agrado, e muitos serão esclarecidos. As influências que estão associadas com a reforma de saúde a recomendarão ao julgamento de todos os que desejam luz; e eles se adiantarão passo a passo para receber as verdades especiais para este tempo. Assim verdade e justiça se encontrarão. ... CRA 442 2 O evangelho e a obra médico-missionária têm de avançar juntos. O evangelho precisa estar ligado aos princípios da verdadeira reforma de saúde. O cristianismo tem de ser introduzido na vida prática. Uma obra reformatória fervorosa, completa, precisa de ser feita. A verdadeira religião bíblica é uma emanação do amor de Deus pelo homem caído. O povo de Deus deve avançar em linha reta, para impressionar o coração dos que estão buscando a verdade, que desejam fazer sua parte retamente nesta época intensamente séria. Cumpre-nos apresentar os princípios da reforma de saúde ao povo, envidando tudo quanto está ao nosso alcance para fazer com que homens e mulheres vejam a necessidade desses princípios e os ponham em prática. -- Obreiros Evangélicos, 242, 232. Esforços pioneiros no ensino dos princípios da reforma de saúde CRA 442 3 763. Quando foi realizada a feira do Estado em Battle Creek [1864], nosso povo levou para o terreno três ou quatro fogões, e demonstraram como se podem preparar boas refeições sem o emprego de alimentos cárneos. Foi-nos dito que pusemos a melhor mesa no terreno. Sempre que grandes reuniões são realizadas, é vosso privilégio tomar providências para prover os que as vão assistir com alimento saudável, e deveis tornar esses esforços educativos. CRA 442 4 Deu-nos o Senhor favor aos olhos do povo, e tivemos muitas maravilhosas oportunidades de demonstrar o que podia ser feito pelos princípios da reforma de saúde a fim de restaurar à saúde aqueles cujos casos haviam sido declarados sem esperança. Nas reuniões campais e de casa em casa CRA 443 1 Devemos envidar maiores esforços para ensinar ao povo as verdades da reforma de saúde. Em toda reunião campal deve ser feito esforço para demonstrar o que pode ser feito no providenciar apetecível, saudável regime de cereais, frutas, nozes e verduras. Em todo lugar em que novos grupos são trazidos à verdade, devem ser ministradas instruções na ciência de preparar alimento saudável. Devem-se escolher obreiros que vão de casa em casa em campanha educativa. -- Manuscrito 27, 1906. A tenda médica no acampamento CRA 443 2 764. À medida que nos aproximamos do fim do tempo, cumpre erguer-nos cada vez mais alto quanto à questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Cumpre-nos lutar continuamente para educar o povo, não somente por nossas palavras, mas pelo exemplo. Preceitos e prática aliados têm eficaz influência. CRA 443 3 Na reunião campal, devem ser ministradas ao povo instruções quanto a assuntos de saúde. Em nossas reuniões na Austrália, eram feitas diariamente palestras sobre assuntos referentes à saúde, sendo despertado profundo interesse. Uma tenda para uso de médicos e enfermeiras achava-se no acampamento, eram dados de graça conselhos médicos, e muitos os buscavam. Milhares de pessoas assistiam às palestras, e ao fim da reunião campal o povo não estava satisfeito de deixar o assunto com o que haviam já aprendido. Em várias cidades em que foram realizadas reuniões campais, alguns dos cidadãos que ocupavam cargos de liderança insistiram em que fosse estabelecido um sanatório filial, prometendo sua cooperação. -- Testimonies for the Church 6:112, 113 (1900). Por exemplo bem como por preceito CRA 443 4 765. As grandes reuniões de nosso povo oferecem uma oportunidade excelente para ilustrarem-se os princípios da reforma de saúde. Alguns anos atrás dizia-se muito nessas reuniões relativamente à reforma de saúde e aos benefícios do regime vegetariano; mas ao mesmo tempo alimentos cárneos eram servidos à mesa na tenda de refeições, e vários nocivos artigos alimentícios eram vendidos na tenda das provisões. A fé sem as obras é morta; e as instruções quanto à reforma de saúde, negadas pela prática, não causavam a mais profunda impressão. Em acampamentos posteriores os encarregados têm educado pela prática da mesma maneira que pelo preceito. Carne alguma tem sido servida na tenda de refeições, mas frutas, cereais e verduras têm sido providos em abundância. Ao indagarem as visitas quanto à ausência de carne, é francamente declarada a razão -- que a carne não é o artigo mais saudável de alimentação. -- Testimonies for the Church 6:112 (1900). Em nossos sanatórios CRA 444 1 766. A luz que me foi comunicada foi que devia estabelecer-se um sanatório, e que nele deviam-se rejeitar as medicações com drogas, empregando-se métodos simples, racionais de tratamento para a cura das doenças. Nessa instituição o povo devia ser ensinado relativamente à maneira de vestir, respirar e comer de maneira apropriada -- a maneira de prevenir a doença por hábitos apropriados de viver. -- Carta 79, 1905. CRA 444 2 767. Nossos sanatórios devem ser meios de esclarecimento para os que ali vêm em busca de tratamento. Deve ser mostrado aos doentes como podem viver com um regime de cereais, frutas, nozes e outros produtos do solo. Recebi instruções no sentido de se fazerem palestras regulares em nossos sanatórios acerca de assuntos de saúde. O povo deve ser ensinado a abandonar os artigos alimentícios que enfraquecem a saúde e a resistência dos seres por quem Cristo deu a própria vida. Os prejudiciais efeitos do chá e do café devem ser mostrados. Os pacientes devem ser ensinados quanto às maneiras por que podem dispensar aqueles artigos de alimentação que prejudicam os órgãos digestivos. ... Mostre-se aos pacientes a necessidade de praticar os princípios referentes à reforma de saúde, caso desejem recuperar a saúde. Mostre-se-lhes como se restabelecer sendo temperantes no comer e fazendo exercício regular ao ar livre. ... Pela obra de nossos sanatórios, deve ser aliviado o sofrimento e restaurada a saúde. Ao povo deve ser ensinado como, pelo cuidado no comer e beber, podem conservar-se bem. ... A abstinência do alimento cárneo beneficiará os que assim procederem. A questão do regime é um assunto de vivo interesse. ... Nossos sanatórios são estabelecidos para um fim especial, para ensinar ao povo que não vivemos para comer, mas comemos para viver. -- Carta 233, 1905. Educar pacientes na enfermagem doméstica CRA 445 1 768. Conservai os pacientes ao ar livre o quanto possível, e fazei-lhes animadoras e felizes palestras no salão, com leituras simples e lições bíblicas, de fácil compreensão, o que serão uma animação para a alma. Falai sobre a reforma de saúde, e não vos torneis, meu irmão, sobrecarregado em tantos sentidos que não vos seja possível ensinar as lições simples concernentes à reforma de saúde. Os que saem do sanatório devem ir tão bem instruídos que possam ensinar a outros os métodos de tratarem sua família. CRA 445 2 Há perigo de gastar-se demasiado com mecanismos e utensílios que os pacientes nunca poderão usar nas lições a ministrar em família. Ensine-se-lhes antes a regular o regime, de modo que o maquinismo vivo de todo o ser trabalhe em harmonia. -- Carta 204, 1906. Instruções a serem dadas acerca da temperança CRA 445 3 769. Em nossas instituições médicas devem ser dadas instruções claras com relação à temperança. Aos pacientes deve ser mostrado o mal da bebida intoxicante, e a bênção da abstinência total. Deve-se-lhes pedir que abandonem as coisas que lhes têm arruinado a saúde, sendo o lugar delas substituído com abundância de fruta. Laranjas, limões, ameixas, pêssegos e muitas outras variedades se podem obter; pois o mundo do Senhor é produtivo, uma vez que se envidem diligentes esforços. -- Carta 145, 1904. CRA 445 4 770. Os que estão em luta com o poder do apetite, devem ser instruídos nos princípios do viver saudável. Deve-se-lhes mostrar que a violação das leis da saúde, criando um estado enfermo e desejos não naturais, lança as bases para o hábito das bebidas alcoólicas. Unicamente vivendo em obediência aos princípios da saúde, podem eles se libertar da sede de estimulantes contrários à natureza. Ao passo que dependem da força divina para quebrar as cadeias do apetite, devem cooperar com Deus pela obediência a Suas leis, tanto as morais, como as físicas. -- A Ciência do Bom Viver, 177 (1905). Requer-se ampla reforma de saúde CRA 446 1 771. Qual é a obra especial que somos chamados a realizar em nossas instituições de saúde? Em vez de dar, por preceito e exemplo, instrução na condescendência com o apetite pervertido, fazei-o no sentido contrário. Erguei o estandarte da reforma em todos os aspectos. O apóstolo Paulo alçou a voz: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." CRA 446 2 Nossas instituições de saúde são estabelecidas para apresentarem os princípios vivos do regime limpo, puro, saudável. Importa comunicar o conhecimento concernente à abnegação, ao domínio de si mesmo. Jesus, que fez e redimiu o homem, deve ser exaltado perante todos quantos vierem a nossas instituições. O conhecimento do caminho da vida, paz, saúde, deve ser ministrado regra sobre regra, preceito sobre preceito, para que homens e mulheres vejam a necessidade da reforma. Importa que eles sejam levados a renunciar aos aviltantes costumes e práticas que existiam em Sodoma e no mundo antediluviano, que Deus destruiu em razão de sua iniqüidade. Mateus 24:37-39. ... CRA 446 3 Todos quantos visitarem nossas instituições de saúde devem ser instruídos. Deve ser apresentado perante todos, poderosos e humildes, ricos e pobres, o plano da salvação. Cumpre serem dadas instruções cuidadosamente preparadas, para que a condescendência com a intemperança em moda no comer e beber seja vista como a causa de doença e sofrimento e das más práticas que a seguem em resultado. -- Manuscrito 1, 1888. Folhas da árvore da vida CRA 447 1 772. Foi-me indicado que a obra a ser feita no tocante à reforma de saúde não deve sofrer atraso algum. Por meio dessa obra é que alcançaremos almas, nos caminhos e valados. Foi-me mostrado muito especialmente que, por meio dos nossos sanatórios, muitas almas receberão a verdade presente e a ela obedecerão. Nessas instituições, tanto homens como mulheres devem ser ensinados a cuidar do próprio corpo, bem como a firmar-se na fé. Deve-se-lhes ensinar a significação de comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Disse Cristo: "As palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. CRA 447 2 Nossos sanatórios devem ser escolas em que o ensino deverá seguir os moldes missionário-médicos. Devem dar às almas feridas pelo pecado, as folhas da árvore da vida, que lhes devolverão a paz, a esperança e a fé em Jesus Cristo. -- Testimonies for the Church 9:168 (1909); Testemunhos Selectos 3:367. Preparo para orar pedindo cura CRA 447 3 773. É trabalho perdido ensinar o povo a volver-se para Deus como Aquele que lhes cura as enfermidades, a menos que sejam também ensinados a renunciar aos hábitos nocivos. Para que recebam Sua bênção em resposta à oração, devem cessar de fazer o mal e aprender a fazer o bem. Seu ambiente deve ser higiênico, corretos os seus hábitos de vida. Devem viver em harmonia com a lei de Deus, tanto a natural, como a espiritual. -- A Ciência do Bom Viver, 227, 228 (1905). A responsabilidade do médico quanto a esclarecer seus pacientes CRA 447 4 774. As instituições de saúde para os doentes serão os melhores lugares para educar os sofredores a viverem de acordo com as leis da Natureza, e deixarem suas práticas destruidoras da saúde nos hábitos errôneos no regime, no vestuário, que estão em harmonia com os errados hábitos e costumes do mundo, os quais não são absolutamente segundo a orientação de Deus. Elas estão fazendo uma boa obra para esclarecer nosso mundo. ... CRA 447 5 Há agora positiva necessidade, mesmo no que respeita a médicos, reformadores no sentido do tratamento das doenças, de que esforços mais conscienciosos sejam feitos para levar para a frente e para cima a obra por si próprios, e para instruir interessadamente aqueles que deles esperam competência médica para verificar a causa de suas enfermidades. Eles lhes devem chamar a atenção de maneira especial às leis estabelecidas por Deus, as quais não podem ser impunemente violadas. Eles se detêm muito na operação da doença, mas, em regra geral, não despertam a atenção para as leis que devem ser sagrada e inteligentemente obedecidas a fim de evitá-la. Especialmente se o médico não tem sido correto em seus hábitos dietéticos, se seu próprio apetite não tem sido restringido a um regime simples e são, rejeitando em grande maneira o uso de carne de animais mortos -- ele ama a carne -- educou e cultivou o gosto pelos alimentos prejudiciais à saúde. Ele tem idéias estreitas, e mais depressa educará e disciplinará o gosto e o apetite de seus pacientes no sentido de amarem as coisas que ele ama, do que lhes comunicará os sãos princípios da reforma de saúde. Prescreverá carne para os doentes, quando esta é o pior regime que lhes possa ser dado -- estimula, mas não fortalece. Eles não examinam seus hábitos anteriores de comer e beber, notando especialmente seus hábitos errôneos, os quais estiveram por anos a deitar o fundamento da doença. CRA 448 1 Médicos conscienciosos devem ser preparados para esclarecerem os ignorantes, e com sabedoria fazerem suas prescrições, proibindo os artigos que sabem ser errôneos do regime deles. Devem declarar positivamente as coisas que consideram nocivas às leis da saúde, e deixarem que esses sofredores operem conscienciosamente no fazer por si mesmos as coisas que lhes é possível efetuar, colocando-se assim na devida relação para com as leis da vida e da saúde. -- Manuscrito 22, 1887. Solene encargo CRA 448 2 775. Quando um médico vê que um paciente está padecendo de um mal causado por comer e beber impróprios, e todavia negligencia dizer-lhe isto, e indicar-lhe a necessidade de reforma, está causando dano a um semelhante. Ébrios, maníacos, os que se entregam à licenciosidade -- apelam todos para o médico para que lhes declare positiva e distintamente que o sofrimento é resultado do pecado. Recebemos grande luz no que concerne à reforma de saúde. Por que, então, não somos mais decididos na sinceridade do combate às causas que produzem moléstias? Vendo o conflito contínuo com a dor, trabalhando constantemente para aliviar o sofrimento, como podem nossos médicos ficar quietos? Podem eles refrear-se de erguer a voz em advertência? São eles caridosos e misericordiosos se não ensinam estrita temperança como um remédio para a doença? -- Testimonies for the Church 7:74, 75 (1902). Coragem moral exigida pelos reformadores CRA 449 1 776. Grande soma de bem pode ser feita esclarecendo todos aqueles a quem temos acesso, como o melhor meio, não somente de curar os doentes, mas de prevenir doença e sofrimento. Os médicos que se esforçam para esclarecer seus pacientes acerca da natureza e causas das moléstias que sofrem, e ensinar-lhes a maneira de evitá-las, podem ter tarefa árdua; se, porém, ele for consciencioso reformador, falará claramente sobre os ruinosos efeitos da condescendência consigo mesmo no comer, beber e vestir, da sobrecarga das forças vitais que levou seus pacientes ao ponto em que se encontram. Não acrescentará o mal ministrando drogas até que a natureza exausta abandone a luta, mas ensinará os pacientes a formarem hábitos corretos, e ajudarem a Natureza em sua obra de restauração mediante uso sábio de seus próprios remédios simples. CRA 449 2 Em todas as nossas instituições médicas, deve ser tornado aspecto especial do trabalho o dar instruções referentes às leis da saúde. Os princípios da reforma de saúde devem ser cuidadosa e cabalmente apresentados perante todos, tanto pacientes como auxiliares. Esta obra requer coragem moral; pois ao passo que muitos aproveitarão tais esforços, outros se ofenderão. Os verdadeiros discípulos de Cristo, porém, aqueles cuja mente se encontra em harmonia com a mente de Deus, enquanto aprendem constantemente, vão ensinando também, levando a mente de outros para o alto, para longe dos erros dominantes no mundo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 121; Conselhos Sobre Saúde, 451, 452 (1890). Cooperação de sanatórios e escolas CRA 450 1 777. Tem sido claramente mostrado que nossas instituições educativas devem estar ligadas a nossos sanatórios sempre que seja possível. A obra das duas instituições deve unir-se. Sinto-me grata por termos uma escola em Loma Linda. O talento educacional de médicos competentes é uma necessidade às escolas em que evangelistas médico-missionários devem ser preparados para o serviço. Os alunos na escola devem ser ensinados a ser estritos reformadores no terreno da saúde. As instruções ministradas quanto à doença e suas causas, e como evitá-la, e o preparo dado no tratamento dos doentes, demonstrar-se-ão inapreciáveis, e daquelas que os alunos de todas as nossas escolas devem receber. CRA 450 2 Essa união de nossas escolas e sanatórios provar-se-á vantajosa em muitos sentidos. Mediante as instruções proporcionadas pelo sanatório, os alunos aprenderão a evitar a formação de descuidados e intemperantes hábitos no comer. -- Carta 82, 1908. Na obra evangelística e nas missões urbanas CRA 450 3 778. Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma de saúde. Alguns há que pensam que a questão do regime alimentar não seja de importância suficiente para ser incluída em seu trabalho evangélico. Mas esses cometem um grande erro. A Palavra de Deus declara: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todas as suas modalidades, tem lugar importante na obra da salvação. CRA 450 4 Em conexão com nossas missões de cidade deveria haver cômodos apropriados, em que aqueles nos quais se despertou interesse possam reunir-se para ser instruídos. Esta obra necessária não deve ser efetuada de modo tão pobre que se faça impressão desfavorável sobre o espírito do povo. Tudo que é feito deve dar testemunho favorável em prol do Autor da verdade, e deve de modo apropriado representar a santidade e importância das verdades da terceira mensagem angélica. -- Testimonies for the Church 9:112 (1909); Obreiros Evangélicos, 347. CRA 451 1 779. Em todas as nossas missões, mulheres inteligentes devem ser encarregadas dos arranjos domésticos -- mulheres que saibam preparar bem e saudavelmente o alimento. A mesa deve achar-se abundantemente suprida de comidas da melhor qualidade. Se alguém, de gosto pervertido, anseia chá, café, condimentos, e pratos nocivos à saúde, esclarecei-o. Buscai despertar a consciência. Ponde-lhes diante os princípios bíblicos quanto à saúde. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 117; Conselhos Sobre Saúde, 449, 450 (1890). Ensinem os pastores os princípios da reforma CRA 451 2 780. Cumpre-nos educar-nos a nós mesmos, não somente em viver em harmonia com as leis da saúde, mas em ensinar a outros o melhor caminho. Muitos, mesmo dos que professam crer nas verdades especiais para este tempo, são lamentavelmente ignorantes no que se relaciona com a saúde e a temperança. Esses necessitam ser instruídos, regra sobre regra, preceito sobre preceito. O assunto precisa ser conservado sempre novo diante deles. Essa questão não deve ser passada por alto como não sendo essencial; pois quase toda família necessita ser despertada a seu respeito. A consciência precisa ser despertada para o dever de praticar os princípios da verdadeira reforma. Deus requer que Seus filhos sejam temperantes em todas as coisas. A menos que pratiquem genuína temperança, não podem nem desejarão ser susceptíveis à santificadora influência da verdade. CRA 451 3 Nossos ministros devem tornar-se inteligentes nesta questão. Não a devem ignorar, nem se desviar pelos que os chamam extremistas. Verifiquem o que constitui a verdadeira reforma de saúde, e ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como por tranqüilo e coerente exemplo. Em nossas reuniões grandes, devem ser ministradas instruções quanto à saúde e à temperança. Buscai despertar o intelecto e a consciência. Ponde no serviço todo talento de que dispondes, e secundai o trabalho com publicações acerca da matéria. "Educai, educai, educai", é a mensagem que me tem sido incutida. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 117; Conselhos Sobre Saúde, 449 (1890). CRA 451 4 781. Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados, possuem uma influência poderosa. -- Testimonies for the Church 6:112 (1900); Testemunhos Selectos 2:400. Apelo a pastores, presidentes de associações e outros dirigentes CRA 452 1 782. Nossos pastores se devem tornar entendidos quanto à reforma de saúde. Eles devem compreender as leis que regem a vida física, e sua ação sobre a saúde da mente e da alma. CRA 452 2 Milhares e milhares pouco sabem quanto ao maravilhoso corpo que Deus lhes deu, ou do cuidado que ele deve receber; consideram de mais importância o estudar assuntos de muito menos conseqüência. Os pastores têm aí uma obra a fazer. Quando eles se colocarem a esse respeito na devida posição, muito será conseguido. Devem obedecer às leis da vida em sua maneira de viver e em sua casa, praticando os sãos princípios, e vivendo saudavelmente. Então estarão habilitados a falar acertadamente a esse respeito, levando o povo cada vez mais acima na obra da reforma. Vivendo eles próprios na luz, podem apresentar uma mensagem de grande valor aos que se acham em necessidade desses mesmos testemunhos. CRA 452 3 Há preciosas bênçãos e ricas experiências a serem alcançadas se os pastores unirem a apresentação da questão da saúde com todos os seus trabalhos nas igrejas. O povo precisa receber a luz sobre a reforma de saúde. Essa obra tem sido negligenciada, e muitos estão prestes a perecer, por necessitarem da luz que devem e precisam ter para que abandonem as condescendências egoístas. CRA 452 4 Os presidentes de nossas associações devem compreender que é bem tempo de eles tomarem a devida posição neste assunto. Pastores e professores devem transmitir aos outros a luz que têm recebido. Sua obra é necessária em toda linha. Deus os ajudará; Ele fortalecerá Seus servos para que fiquem firmes, e não sejam abalados na verdade e justiça para se acomodar à satisfação egoísta. CRA 453 1 A obra de educar nos ramos médico-missionários é um passo avançado de grande importância no despertar os homens quanto a suas responsabilidades morais. Houvessem os pastores lançado mãos a essa obra em seus vários departamentos em harmonia com a luz comunicada por Deus, e teria havido a mais decidida reforma no comer, beber e vestir. Mas alguns se têm justamente atravessado no caminho da marcha da reforma de saúde. Têm segurado o povo para trás por suas indiferentes ou condenatórias observações, ou por gracejos e pilhérias. Eles próprios e grande número de outros têm sofrido a ponto de morrer, mas nem todos aprenderam ainda a sabedoria. CRA 453 2 Tem sido apenas por meio de luta ativa que se tem feito algum progresso. O povo tem sido contrário a negar-se a si mesmo, contrário a render a mente e a vontade à vontade de Deus; e em seus próprios sofrimentos, e em sua influência sobre outros, têm compreendido o seguro resultado de tal conduta. CRA 453 3 A igreja está fazendo história. Cada dia é uma batalha e uma marcha. Achamo-nos a cada lado assediados por inimigos invisíveis; e, ou vencemos pela graça que nos é dada por Deus ou somos vencidos. Insisto em que os que têm tomado atitude neutra quanto à reforma de saúde se convertam. Preciosa é esta luz, e o Senhor dá-me a mensagem de instar para que todos que têm responsabilidades em qualquer ramo da obra de Deus cuidem que essa verdade tenha ascendência no coração e na vida. Unicamente assim pode alguém enfrentar as tentações que seguramente há de encontrar no mundo. Fracasso em praticar a reforma de saúde desqualifica para o ministério CRA 453 4 Por que manifestam alguns de nossos irmãos pastores, tão pouco interesse na reforma de saúde? É porque as instruções quanto à temperança em todas as coisas se acham em oposição a sua prática de condescendência consigo mesmos. Em alguns lugares isto tem sido a grande pedra de tropeço no caminho de levarmos o povo a investigar, e praticar e ensinar a reforma de saúde. Homem algum deve ser separado como mestre do povo enquanto seu ensino ou exemplo contradiz o testemunho que Deus deu a Seus servos para apresentar relativamente ao regime, pois isto trará confusão. Sua desconsideração da reforma de saúde desqualifica-o para estar como mensageiro do Senhor. CRA 454 1 A luz comunicada pelo Senhor sobre esta questão em Sua Palavra é clara, e os homens serão provados e experimentados por muitos modos, a ver se a atendem. Toda igreja, toda família, necessita ser instruída com referência à temperança cristã. Todos devem saber como comer e beber de maneira a conservar a saúde. Achamo-nos entre as cenas finais da história deste mundo; e deve haver ação harmônica nas fileiras dos observadores do sábado. Os que ficam afastados da grande obra de instruir o povo sobre esta questão, não seguem o caminho que tem por guia o grande Médico. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Cristo, "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mateus 16:24. -- Testimonies for the Church 6:376-378 (1900). Educação doméstica de saúde CRA 454 2 783. Os pais devem viver mais para seus filhos, e menos para a sociedade. Estudai assuntos de saúde, e ponde em prática vossos conhecimentos. Ensinai vossos filhos a raciocinar da causa para o efeito. Ensinai-lhes que se desejam ter saúde e felicidade, devem obedecer às leis da natureza. Ainda que não vejais aproveitamento tão rápido como desejaríeis, não desanimeis, mas continuai paciente e perseverantemente vossa obra. CRA 454 3 Ensinai desde o berço vossos filhos a exercer a abnegação, o domínio de si mesmos. Ensinai-os a gozar as belezas da Natureza, e a exercitar sistematicamente as faculdades da mente e do corpo, em ocupações úteis. Criai-os de modo a terem constituição sã e boa moral, disposição alegre e índole branda. Impressionai-lhes a tenra mente com a verdade de que não é o desígnio divino que vivamos meramente para satisfazer nossas inclinações atuais, mas para nosso bem final. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resistir-lhe, nobreza e varonilidade. Essas lições serão como sementes lançadas em boa terra, e produzirão frutos que farão a alegria de vosso coração. -- A Ciência do Bom Viver, 386 (1905). A obra de Deus estorvada por condescendência egoísta CRA 455 1 784. Há uma mensagem acerca da reforma de saúde, a qual deve ser apresentada em todas as igrejas. Há uma obra por fazer em cada escola. Nem a um diretor nem a professores deve ser confiada a educação dos jovens antes que possuam um conhecimento prático deste assunto. Alguns se têm sentido na liberdade de criticar e pôr em dúvida os princípios da reforma de saúde, achando defeitos neles, embora pouco conheçam por experiência. Deviam colocar-se ombro a ombro, coração a coração, com os que trabalham no rumo certo. CRA 455 2 O assunto da reforma de saúde tem sido apresentado nas igrejas; a luz, porém, não tem sido recebida de coração. As condescendências egoístas, destruidoras da saúde, de homens e mulheres, têm anulado a influência da mensagem que deve preparar um povo para o grande dia de Deus. Se as igrejas esperam ter poder, terão de pôr em prática a verdade que Deus lhes deu. Se os membros de nossas igrejas desprezam a luz sobre este assunto, colherão o resultado certo, em degeneração tanto espiritual como física. E a influência desses membros da igreja mais idosos contagiará os novos na fé. O Senhor não opera agora para trazer muitas almas para a verdade, por causa dos membros da igreja que nunca foram convertidos, e dos que, uma vez convertidos, voltaram atrás. Que influência haviam de ter esses membros não consagrados, sobre os novos conversos? Não tornariam sem efeito a mensagem dada por Deus, a qual Seu povo deve apresentar? -- Testimonies for the Church 6:370, 371 (1900). Cada membro deve partilhar a verdade CRA 455 3 785. Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra missionário-médica. O mundo é um hospital repleto de enfermos, tanto física como espiritualmente. Por toda parte morrem pessoas à míngua de conhecimento das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. Os que foram iluminados pela verdade devem ser portadores de luz para o mundo. Esconder nossa luz no tempo atual é cometer um erro terrível. A mensagem para o povo de Deus hoje é: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." CRA 456 1 Por toda parte vemos os que receberam muita luz e conhecimento, escolhendo deliberadamente o mal em lugar do bem. Não fazendo tentativa alguma para reformarem-se, vão-se tornando piores mais e mais. Mas o povo de Deus não deve andar em trevas. Devem andar na luz, pois são reformadores. -- Testimonies for the Church 7:62 (1902); Testemunhos Selectos 3:102. Estabelecer novos centros CRA 456 2 786. É positivo dever do povo de Deus ir para as regiões de além. Ponham-se em operação forças para preparar novo terreno, fundar novos centros de influência aonde quer que se encontre uma oportunidade. Concitai obreiros que possuam verdadeiro zelo missionário, e saiam eles a difundir luz e conhecimento, perto e longe. Levem eles os vivos princípios da reforma de saúde para as localidades que, em grande parte, ignoram esses princípios. Formem-se classes, e dêem-se instruções acerca do tratamento de doenças. -- Testimonies for the Church 8:148 (1904). CRA 456 3 787. Há um vasto campo de serviço para as mulheres, assim como para os homens. A eficiente cozinheira, a costureira, a enfermeira -- de todas é necessário o auxílio. Ensinem-se os membros dos lares pobres a cozinhar, a fazer e consertar sua própria roupa, a tratar dos doentes, a cuidar devidamente do lar. Mesmo as crianças devem ser ensinadas a fazer algum serviço de amor e misericórdia pelos menos afortunados do que elas. -- Testimonies for the Church 9:36, 37 (1909); Testemunhos Selectos 3:302, 303. Educadores, avançai! CRA 456 4 788. A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus mediante sua cooperação com o Obreiro-mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. CRA 457 1 Conservai na frente a obra da reforma de saúde -- é a mensagem que sou instruída a apresentar. Mostrai tão claramente o seu valor que se venha a sentir uma vasta necessidade dela. A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que é perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais. Pela abstinência total vencerá ele o desejo das condescendências que destroem a saúde. CRA 457 2 Sou instruída a dizer aos educadores da reforma de saúde: Ide avante! O mundo carece de todo jota da influência que podeis exercer para conter a onda de desgraça moral. Mantenham-se os que ensinam a terceira mensagem angélica leais à sua bandeira. -- Testimonies for the Church 9:113 (1909). Tende presente o grande objetivo da reforma CRA 457 3 789. Grande é a necessidade existente de conhecimentos quanto à reforma dietética. Hábitos errôneos de alimentação, e o uso de comidas nocivas, são em grande parte responsáveis pela intemperança, o crime e a ruína que infelicitam o mundo. CRA 457 4 Ensinando os princípios da saúde, mantende diante do povo o grande objetivo da reforma -- que seu desígnio é assegurar o mais alto desenvolvimento do corpo, da mente e da alma. Mostrai que as leis da Natureza, sendo as leis de Deus, são designadas para nosso bem; que a obediência às mesmas promove a felicidade nesta vida, e contribui no preparo para a vida por vir. CRA 457 5 Levai o povo a estudar as manifestações do amor e da sabedoria de Deus nas obras da Natureza. Levai-os a estudar esse maravilhoso organismo que é o corpo humano, e as leis que o regem. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que compreendem alguma coisa da sabedoria e beneficência de Suas leis, e os resultados da obediência, virão a considerar seus deveres e obrigações sob um ponto de vista inteiramente diverso. Em vez de olhar a observância das leis da saúde como um sacrifício ou uma abnegação, considerá-la-ão, como em realidade é, uma inestimável bênção. CRA 458 1 Todo obreiro evangélico deve sentir que o instruir o povo quanto aos princípios do viver saudável, é uma parte do trabalho que lhe é designado. Grande é a necessidade dessa obra, e o mundo está aberto para ela. -- A Ciência do Bom Viver, 146, 147 (1905). CRA 458 2 790. Os reclamos de Deus devem impressionar a consciência. Homens e mulheres precisam ser despertados para o dever do império de si mesmos, para a necessidade da pureza, a liberdade de todo aviltante apetite e todo hábito contaminador. Precisam ser impressionados com o fato de que todas as suas faculdades de mente e corpo são dons de Deus, e destinam-se a ser preservadas nas melhores condições possíveis para Seu serviço. -- A Ciência do Bom Viver, 130 (1905). Segui os métodos do Salvador CRA 458 3 791. Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: "Segue-Me." CRA 458 4 É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra não há de, não pode, ficar sem frutos. CRA 458 5 Devemos lembrar sempre que o objetivo da obra médico-missionária é encaminhar homens e mulheres e enfermos de pecado ao Homem do Calvário, que tira os pecados do mundo. Contemplando-O, serão eles transformados à Sua imagem. Temos de animar os doentes e sofredores a olharem a Jesus, e viver. Mantenham os obreiros a Cristo, o grande Médico, constantemente diante daqueles a quem a doença física e espiritual levou ao desânimo. Encaminhai-os Àquele que é capaz de curar tanto a moléstia do corpo como a da alma. Falai-lhes dAquele que Se comove diante de suas enfermidades. Animai-os a se colocarem sob o cuidado do que deu Sua vida a fim de tornar possível que eles tenham a vida eterna. Falai de Seu amor; falai de Seu poder para salvar. -- A Ciência do Bom Viver, 143, 144 (1905). Usai tato e cortesia CRA 459 1 792. Lembrai-vos, em todo o vosso trabalho, de que vos achais ligados a Cristo, sendo uma parte do grande plano de redenção. O amor de Cristo, numa corrente que cura e vivifica, deve fluir de vossa vida. Ao buscardes atrair outros para o círculo de Seu amor, que a pureza de vossa linguagem, o desinteresse de vosso serviço, o contentamento de vossa conduta, sejam um testemunho ao poder de Sua graça. Oferecei ao mundo uma tão pura e justa representação dEle, que os homens O contemplem em Sua beleza. CRA 459 2 De pouca utilidade é procurar reformar outros atacando o que podemos considerar maus hábitos. Tais esforços dão muitas vezes em resultado mais dano que bem. Em sua conversa com a samaritana, em lugar de desmerecer o poço de Jacó, Cristo apresentou alguma coisa melhor. "Se tu conheceras o dom de Deus", disse Ele, "e quem é o que te diz -- Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva." Desviou a conversa para o tesouro que tinha a dar, oferecendo à mulher alguma coisa melhor do que ela possuía, a própria água viva, a alegria e a esperança do evangelho. CRA 459 3 Isto é uma ilustração do modo por que devemos trabalhar. Temos de oferecer aos homens alguma coisa melhor do que eles possuem, a própria paz de Cristo, que excede todo o entendimento. Cumpre-nos falar-lhes da santa lei de Deus, a transcrição de Seu caráter, e uma expressão daquilo que Ele quer que se tornem. ... CRA 460 1 De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. O obreiro que manifesta falta de cortesia, que mostra impaciência ante a ignorância dos outros ou por se acharem extraviados, que fala bruscamente ou procede sem reflexão, pode cerrar a porta de corações por tal maneira que nunca mais lhes seja dado conquistá-los. -- A Ciência do Bom Viver, 156, 157 (1905). A reforma do regime deve ser progressiva CRA 460 2 793. Desde o início da obra da reforma do regime alimentar, consideramos necessário instruir, instruir, instruir. Deus quer que prossigamos nessa obra de instruir o povo. ... CRA 460 3 No ensino da reforma do regime alimentar, como em todo outro ramo do evangelho, devemos considerar as pessoas em sua verdadeira situação. Até que possamos ensiná-las a prepararem alimento saudável que seja apetitoso, nutritivo, e ao mesmo tempo econômico, não temos a liberdade de apresentar-lhes as sugestões mais avançadas referentes à reforma alimentar. CRA 460 4 Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. CRA 460 5 Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. Aprendam a viver de maneira saudável, ensinando a outros o que aprenderam. Partilhem esse conhecimento como o fariam com a instrução bíblica. Ensinem às pessoas a, evitando a grande quantidade de cozimentos que têm enchido o mundo de inválidos crônicos, preservarem a saúde e o vigor. Por preceito e exemplo, esclareçam que o alimento que Deus deu a Adão em seu estado isento de pecado, é o melhor para o uso do homem, ao buscar ele reaver esse estado de pureza. CRA 461 1 Os que ensinam os princípios da reforma de saúde devem entender de doenças e suas causas, compreendendo que cada ação do agente humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz que Deus proporcionou sobre a reforma de saúde é para nossa salvação e a salvação do mundo. Os homens e as mulheres devem ser informados acerca da habitação humana, preparada por nosso Criador como Seu lugar de morada, e sobre o qual deseja Ele que sejamos mordomos fiéis. "Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles habitarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo." 2 Coríntios 6:16. CRA 461 2 Erguei os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor dirija os sinceros de coração. Apresentai os princípios da temperança em sua mais atraente forma. Disseminai os livros que dão instrução acerca do viver saudável. A influência de nossas publicações acerca da saúde CRA 461 3 O povo está em triste necessidade da luz que brilha das páginas de nossos livros e revistas acerca da saúde. Deus deseja usar esses livros e revistas como meios através dos quais raios de luz chamem a atenção do povo, levando-os a dar ouvido à advertência da mensagem do terceiro anjo. Nossas revistas de saúde são instrumentalidades no campo, para fazerem uma obra especial na disseminação da luz de que os habitantes do mundo precisam neste dia da preparação de Deus. Naum 2:3. Elas exercem uma influência indizível nos interesses da saúde e temperança e da reforma de pureza social, e efetuarão grande soma de bem ao apresentar ao povo esses assuntos de maneira apropriada e em sua verdadeira luz. -- Testimonies for the Church 7:132-136 (1902); Testemunhos Selectos 3:136-139. Folhetos sobre a reforma de saúde CRA 461 4 794. Devem-se envidar esforços mais fervorosos para esclarecer o povo acerca do grande tema da reforma de saúde. Folhetos de quatro, oito, doze, dezesseis e mais páginas, contendo artigos concisos, bem escritos, sobre esta grande questão, devem ser espalhados quais folhas de outono. -- The Review and Herald, 4 de Novembro de 1875. Tratar prudentemente a questão da alimentação cárnea CRA 462 1 795. Neste país [Austrália] existe uma sociedade vegetariana organizada, mas é relativamente pequeno o número de seus associados. Entre o povo em geral, a carne é usada largamente, por todas as classes. É o artigo de alimentação mais barato; e mesmo onde a pobreza impera encontra-se em geral a carne sobre a mesa. Por isso, tanto maior a necessidade de usar de prudência ao lidar com a questão do comer carne. Com relação a este assunto não deve haver movimentos precipitados. Devemos considerar a situação do povo, e o poder de hábitos e práticas de toda uma vida, e ser cautelosos em não impor aos outros nossas idéias, como se esta questão fosse um teste, e os que comem carne fossem os maiores pecadores. CRA 462 2 Todos devem ser esclarecidos neste assunto, mas seja ele apresentado cuidadosamente. Hábitos que foram por toda a vida ensinados como sendo corretos, não devem ser mudados por medidas rudes ou precipitadas. Devemos educar o povo em nossas reuniões campais e outras reuniões grandes. Ao mesmo tempo em que são apresentados os princípios da reforma de saúde, seja o ensino apoiado pelo exemplo. Não seja encontrada carne em nossos restaurantes ou tendas de refeições, mas seja ela substituída por frutas, cereais e verduras. Devemos praticar aquilo que ensinamos. Quando assentados a uma mesa onde haja carne, não devemos vibrar um ataque contra os que a usam, mas deixá-la intocada quanto a nós, e se nos perguntarem a razão de assim proceder, devemos de maneira bondosa explicar o motivo de não a usarmos. -- Carta 102, 1896. Tempo para guardar silêncio CRA 462 3 796. Nunca julguei ser meu dever dizer que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer circunstâncias. Dizer isto, quando o povo tem sido educado a viver de comer carne em tão grande medida, seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho sido cautelosa em minhas afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro. ... CRA 463 1 Tenho estado a passar, neste país, por uma experiência semelhante à que tive em novos campos na América. Tenho visto famílias cujas circunstâncias não lhes permitiam suprir a mesa com alimento saudável. Vizinhos incrédulos mandavam-lhes porções de carne, de animais mortos recentemente. Faziam sopa dessa carne, suprindo a suas famílias grandes, de muitos filhos, refeições de sopa e pão. Não era meu dever, nem julgo ter sido dever de quem quer que fosse, fazer-lhes conferências sobre os males do comer carne. Sinto sincera comiseração para com famílias que chegaram à fé recentemente, e que se sentem tão premidas pela pobreza que não sabem de onde lhes virá a próxima refeição. Não é meu dever fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há tempo para falar, e tempo para calar. A oportunidade oferecida por circunstâncias dessa ordem, é oportunidade para falar palavras que animem e abençoem, em vez de condenar e reprovar. Os que têm vivido com regime cárneo toda a vida, não vêem o mal de continuar essa prática, e têm de ser tratados com brandura. -- Carta 76, 1895. CRA 463 2 797. Conquanto trabalhando contra a glutonaria e a intemperança, necessitamos reconhecer a condição a que está sujeita a família humana. Deus fez provisões para os que vivem nas diversas partes do mundo. Os que desejam ser Seus cooperadores devem refletir maduramente antes de especificar os alimentos que devem ser usados e os que não devem. Cumpre colocar-nos em ligação íntima com as massas. Se a reforma de saúde com todo o seu rigor, for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem a sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem. Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que tomem os alimentos mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: "Não deveis comer ovos, nem usar leite ou nata. Não deveis empregar manteiga no preparo de vossos alimentos." Cumpre que o evangelho seja pregado aos pobres, mas ainda não chegamos ao tempo em que deverá ser prescrito o regime dietético mais rigoroso. -- Testimonies for the Church 9:163 (1909). Método errado de trabalho CRA 464 1 798. Não vos apegueis a idéias isoladas fazendo delas um teste, criticando outros cuja prática não concorde com vossa opinião; estudai, porém, ampla e profundamente o assunto, e procurai pôr vossas idéias e práticas em perfeita harmonia com os princípios da verdadeira temperança cristã. CRA 464 2 Muitos há que procuram corrigir a vida de outros, atacando aquilo que julgam serem hábitos errôneos. Vão ter com os que pensam estar em erro, e apontam-lhes os defeitos, mas não buscam dirigir-lhes a mente para os princípios verdadeiros. Tal procedimento muitas vezes fica muito aquém de conseguir os resultados desejados. Quando tornamos evidente que procuramos corrigir outros, muitas vezes lhes despertamos a combatividade, causando mais dano do que bem. E há esse perigo também para o reprovador. Aquele que toma sobre si a tarefa de corrigir os outros, está sujeito a cultivar um hábito de descobrir faltas, e logo todo o seu interesse estará em procurar defeitos alheios. Não observeis os outros para lhes descobrir senões, para lhes expor os erros. Educai-os em hábitos melhores, mediante o poder de vosso próprio exemplo. CRA 464 3 Conserve-se sempre em mente que o grande objetivo da reforma de saúde é assegurar o desenvolvimento mais alto possível de espírito, alma e corpo. Todas as leis da Natureza -- que são as leis de Deus -- destinam-se ao nosso bem. A obediência às mesmas promoverá nossa felicidade nesta vida e nos ajudará no preparo para a vida por vir. CRA 464 4 Existe algo melhor sobre que falar, do que as faltas e fraquezas alheias. Falai de Deus e de Suas obras maravilhosas. Penetrai as manifestações de Seu amor e sabedoria em todas as obras da Natureza. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 119, 120 (1890). Ensinai pelo exemplo CRA 464 5 799. Em vossa associação com incrédulos, não vos permitais desviar-vos dos retos princípios. Se vos assentais a sua mesa, comei temperantemente, e tão-somente de alimento que não torne confuso o espírito. Mantende-vos afastados da intemperança. Não podeis correr o risco de enfraquecer vossas faculdades mentais ou físicas, para não vos tornardes incapazes de discernir as coisas espirituais. Conservai vossa mente em condição na qual Deus a possa impressionar com as preciosas verdades de Sua Palavra. ... Não observeis os outros para apontar-lhes as faltas ou erros. Ensinai-os pelo exemplo. Seja vossa abnegação e vossa vitória sobre o apetite uma ilustração da obediência aos retos princípios. Testifique vossa vida da santificante e enobrecedora influência da verdade. -- Testimonies for the Church 6:336 (1900). Apresentai a temperança em sua mais atraente forma CRA 465 1 800. O Senhor deseja que todo pastor, todo médico, todo membro da igreja, seja cuidadoso para não instar com os que ignoram nossa fé, para que façam mudanças súbitas no regime, sujeitando-os assim a um teste prematuro. Erguei os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão e crerão. O Senhor não requer que Seus mensageiros apresentem as lindas verdades da reforma de saúde de modo que escandalize a mente de outros. Não coloque ninguém pedras de tropeço diante daqueles que caminham nas escuras veredas da ignorância. Mesmo ao louvarmos uma coisa boa, convém não nos tornarmos entusiastas demais, para que não desviemos do caminho os que vêm ouvir-nos. Apresentai os princípios da temperança em sua mais atraente forma. CRA 465 2 Não devemos agir presunçosamente. Os obreiros que penetram em novos territórios a fim de suscitar igrejas, não devem criar dificuldades tentando tornar preeminente a questão do regime alimentar. Devem ser cautelosos para não traçar limites muito estreitos. Seriam assim lançados impedimentos na vereda de outros. Não fustigueis o povo. Guiai-o. Pregai a Palavra como é em Cristo Jesus. ... Devem os obreiros envidar esforços resolutos e perseverantes, lembrando-se de que nem tudo se pode aprender de uma vez. Devem manter a firme resolução de ensinar o povo pacientemente. -- Carta 135, 1902. CRA 466 1 801. Não vos lembrais de que temos uma responsabilidade individual? Não fazemos de artigos de alimentação uma questão de teste, mas procuramos educar o intelecto, e despertar a sensibilidade moral para que assimile a reforma de saúde de modo inteligente, de acordo com o que Paulo diz em Romanos 13:8-14; 1 Coríntios 9:24-27; 1 Timóteo 3:8-12. -- Manuscrito 1, 1890. Ide ao encontro do povo onde se acha CRA 466 2 802. Certa ocasião Sara [McEnterfer] foi chamada para uma família em Dora Creek, onde todos os membros da casa estavam doentes. O pai pertencia a uma família altamente respeitável, mas dera para beber, e a esposa e os filhos estavam em grande necessidade. Nesse tempo de doença, não tinham em casa coisa alguma apropriada para comer. E recusaram-se a comer tudo que lhes levamos. Estavam acostumados a comer carne. Concluímos que alguma coisa se devia fazer. Eu disse a Sara: Apanhe umas galinhas do meu galinheiro, e prepare-lhes um caldo. Assim Sara os tratou em sua doença, dando-lhes desse caldo. Logo se restabeleceram. CRA 466 3 Esta foi nossa maneira de proceder. Não dissemos ao povo: Vocês não devem comer carne. Embora nós mesmos não usássemos carne, quando a julgamos necessária àquela família em sua doença, demos-lhe aquilo que julgávamos precisarem. Há ocasiões em que temos de ir ao encontro das pessoas onde se acham. CRA 466 4 O chefe dessa família era homem inteligente. Quando a família se restabeleceu, abrimos-lhes as Escrituras, e aquele homem se converteu, aceitando a verdade. Atirou fora seu cachimbo, abandonou a bebida, e daí por diante, em toda a sua vida, não mais fumou nem bebeu. Logo que foi possível, tomamo-lo em nosso sítio, provendo-lhe trabalho na terra. Enquanto estávamos fora, assistindo a reuniões em Newcastle, esse homem morreu. Alguns de nossos obreiros lhe haviam ministrado tratamentos completos, mas o corpo, por tanto tempo abusado, não mais correspondeu aos seus esforços. Morreu, porém, como cristão e observador dos mandamentos. -- Carta 363, 1907. Defrontando pontos de vista extremos -- Uma afirmação histórica CRA 467 1 803. Quando voltamos de Kansas, no outono de 1870, o irmão B estava, em sua casa, doente com febre. ... Seu caso era grave. ... CRA 467 2 Não houve para nós período de descanso, por muito que disso necessitássemos. Deviam ser publicados a Review, o Reformer e o Instructor. [Nessa ocasião todos os redatores estavam doentes.]... Meu marido começou seu trabalho e eu o ajudei quanto pude. ... CRA 467 3 O Reformer estava a bem dizer morto. O irmão B insistira nos pontos de vista extremos do Dr. Trall. Isto influíra no doutor, para se externar no Reformer de modo mais radical, quanto a deixar o uso do leite, açúcar e sal. A atitude de dever-se abandonar inteiramente o uso desses artigos pode estar certa, a seu tempo; mas não viera ainda a ocasião de assumir uma atitude geral quanto a esses pontos. E os que assumem essa posição, advogando o completo abandono do leite, manteiga e açúcar, devem afastar de sua própria mesa essas coisas. O irmão B, mesmo enquanto se punha ao lado do Reformer, com o Dr. Trall, quanto a terem efeito nocivo o sal, leite e açúcar, não praticava aquilo que ensinava. Sobre sua própria mesa esses artigos eram usados diariamente. CRA 467 4 Muitos dentre nosso povo haviam perdido o interesse no Reformer, e recebiam-se diariamente cartas com este pedido desencorajador: "Queiram cancelar minha assinatura do Reformer."... Em nenhum lugar do Oeste pudemos despertar interesse no sentido de obter assinaturas do Health Reformer. Vimos que os colaboradores do Reformer se afastavam do povo, deixando-o atrás. Se desposamos opiniões que os cristãos conscienciosos, que são de fato reformadores, não podem adotar, como esperar beneficiar a classe de pessoas que só podemos alcançar no terreno da saúde? Paciência, cautela e coerência são necessários na ação da reforma CRA 468 1 Não devemos ir mais depressa do que nos possam acompanhar aqueles cuja consciência e intelecto estão convencidos das verdades que advogamos. Temos de ir ao encontro do povo onde se acha. Alguns dentre nós levaram muitos anos para chegar à posição em que se encontram agora, na questão da reforma de saúde. É obra lenta, efetuar uma reforma no regime. Temos poderosos apetites a defrontar; porque o mundo é dado à glutonaria. Se concedêssemos ao povo tanto tempo quanto nós necessitamos para alcançar o progressista estado presente na reforma, seríamos muito pacientes com eles, e lhes permitiríamos que avançassem passo a passo, como fizemos nós, até que seus pés estivessem firmemente estabelecidos na plataforma da reforma de saúde. Devemos, porém, ser muito cautelosos para não avançar muito depressa, para que não sejamos obrigados a voltar atrás. Em matéria de reformas, é melhor ficar um passo aquém da meta do que avançar um passo para além. E se houver erro, seja então do lado mais chegado ao povo. CRA 468 2 Acima de todas as coisas, não devemos defender com a pena posições que não ponhamos a uma prova prática em nossa própria família, em nossas próprias mesas. Isso seria uma dissimulação, uma espécie de hipocrisia. No Michigan podemos passar melhor sem sal, açúcar e leite do que muitos que moram no Extremo Ocidente ou no Extremo Oriente, onde há escassez de frutas. ... Sabemos que o livre uso desses artigos é positivamente nocivo à saúde, e em muitos casos pensamos que, se não fossem usados absolutamente, gozar-se-ia muito melhor estado de saúde. CRA 468 3 Mas no presente nossa preocupação não é em relação a essas coisas. O povo está tão atrasado que vemos que, tudo que podem suportar agora é que os esclareçamos quanto às condescendências nocivas e os estimulantes narcóticos. Apresentamos positivo testemunho contra o fumo, as bebidas alcoólicas, rapé, chá, café, alimentos cárneos, manteiga, condimentos, bolos requintados, pastéis de carne, excesso de sal, e todas as substâncias excitantes usadas como alimento. CRA 468 4 Se, aproximando-nos de pessoas que não foram esclarecidas em relação à reforma de saúde, lhes apresentarmos a princípio as atitudes mais radicais, há perigo de se desanimarem ao verem quanto têm que renunciar, de maneira que não farão esforços para reformar-se. Temos de guiar o povo ao longo do caminho paciente e gradualmente, lembrados da profundeza do abismo de que fomos alçados. -- Testimonies for the Church 3:18-21 (1870). Obra de suma importância CRA 469 1 804. Onde quer que seja levada a efeito obra médico-missionária em nossas cidades grandes, devem ser mantidas escolas de culinária; e onde quer que esteja em processo uma forte campanha educacional missionária, deve estabelecer-se alguma espécie de restaurante vegetariano, que dê uma ilustração prática da devida seleção de alimentos e seu preparo saudável. -- Testimonies for the Church 7:55 (1902). CRA 469 2 805. Devem-se estabelecer escolas culinárias. Devemos ensinar o povo a preparar alimento saudável. É preciso mostrar-lhes a necessidade de abandonar alimentos nocivos. Mas nunca deveríamos advogar um regime que nos faça padecer fome. É possível ter um regime são, nutritivo, sem o emprego de café, chá e carne. A obra de ensinar o povo a preparar um sistema alimentar que seja ao mesmo tempo saudável e apetecível, é da maior importância. -- Testimonies for the Church 9:112 (1909); Steps to Christ, 139. CRA 469 3 806. Algumas pessoas, depois de adotarem regime vegetariano, voltam ao uso da alimentação cárnea. Isso é grande insensatez, e revela falta de conhecimento da maneira de prover o alimento que substitui a carne. CRA 469 4 Escolas culinárias, dirigidas por instrutores peritos, deverão ser instaladas na América [do Norte] e noutras terras. Tudo quanto nos for possível fazer, deverá ser feito, para mostrar ao povo o valor da reforma do regime alimentar. -- Testimonies for the Church 7:126 (1902); Testemunhos Selectos 3:134. CRA 469 5 807. A reforma dietética deve ser progressiva. À medida que as doenças aumentam nos animais, o emprego de leite e ovos se tornará cada vez menos livre de perigo. Deve-se fazer um esforço para os substituir com outras coisas que sejam saudáveis e pouco dispendiosas. O povo de toda parte deve ser ensinado a cozinhar sem leite e ovos, isto o quanto possível, fazendo não obstante comida sã e apetecível. -- A Ciência do Bom Viver, 320, 321 (1905). CRA 470 1 808. Os que se podem prevalecer das vantagens de escolas de culinária devidamente dirigidas e higiênicas, acharão isso um grande benefício, tanto em sua própria prática como em ensinar os outros. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 119 (1890). Em cada igreja, escola primária e campo missionário CRA 470 2 809. Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos inconversos. Deve haver escolas de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxílio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes. -- A Ciência do Bom Viver, 149 (1905). CRA 470 3 810. Cada restaurante vegetariano deve ser uma escola para os obreiros a ele ligados. Nas cidades este ramo de trabalho pode ser levado a efeito em escala muito maior do que nas localidades pequenas. Mas em toda parte onde exista uma igreja e uma escola primária, devem-se dar instruções acerca do preparo de alimentos simples e saudáveis, para uso dos que desejam viver de acordo com os princípios da reforma de saúde. E em todos os nossos campos missionários pode ser feita obra semelhante. CRA 470 4 A obra de combinar frutas, sementes, cereais e tubérculos, compondo alimentos saudáveis, é obra do Senhor. Em todo lugar onde se tenha estabelecido uma igreja, andem os seus membros humildemente diante de Deus. Procurem esclarecer o povo quanto aos princípios da reforma de saúde. -- Manuscrito 79, 1900. Seu lugar devido CRA 470 5 811. Nossas reuniões campais devem, o quanto possível, ser dedicadas a interesses espirituais. ... Os assuntos administrativos devem ser tratados pelos que são especialmente designados para isso. E, o quanto possível, devem ser apresentados ao povo em outras ocasiões, e não nas reuniões campais. Instruções relativamente à colportagem, à obra da Escola Sabatina e às minúcias do trabalho missionário e com folhetos, devem ser dadas nas igrejas locais, ou em reuniões especialmente designadas. O mesmo quanto às classes culinárias. Se bem que estas sejam boas em seu devido lugar, não devem ocupar o tempo de nossas reuniões campais. -- Testimonies for the Church 6:44, 45 (1900). Agente reformador CRA 471 1 812. Escolas de culinária devem ser fundadas em muitos lugares. Pode esta obra começar de modo humilde, mas à medida que cozinheiras inteligentes fizerem o melhor possível para esclarecer os outros, o Senhor lhes dará habilidade e compreensão. A palavra do Senhor é: "Não lho proibais, pois Eu Me revelarei a eles como seu instrutor." Ele trabalhará com aqueles que executarem Seus planos, ensinando ao povo a maneira de efetuar uma reforma em seu regime mediante o preparo de alimento saudável e não dispendioso. Assim os pobres serão animados a adotar os princípios da reforma de saúde; serão ajudados a tornarem-se industriosos e confiantes. CRA 471 2 Foi-me mostrado que homens e mulheres capazes eram ensinados por Deus a como preparar de modo aceitável alimentos saudáveis e de agradável paladar. Muitos deles eram jovens, e havia também os de idade madura. Fui instruída a animar a fundação de escolas de culinária em todas as partes onde está sendo feito trabalho médico-missionário. Todo incentivo para levar o povo a reformar-se deve ser-lhes apresentado. Deixai que brilhe sobre eles toda a luz possível. Ensinai-os a melhorar o máximo possível o preparo do alimento, e animai-os a comunicar aos outros aquilo que aprendem. CRA 471 3 Não devemos fazer tudo que está em nosso poder para promover a obra em todas as nossas cidades grandes? Milhares de milhares que vivem perto de nós carecem de auxílio de várias maneiras. Lembrem-se os ministros do Evangelho de que o Senhor Jesus Cristo disse aos Seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte." "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?" Mateus 5:14, 13. -- Testimonies for the Church 7:113, 114 (1902). Ensinando de casa em casa CRA 472 1 813. Por que as entradas da alma foram fechadas pelo tirano Preconceito, muitos ignoram os princípios do viver saudável. Bom serviço pode ser prestado ensinando o povo a preparar alimento saudável. Este ramo de trabalho é tão necessário como qualquer outro que se pudesse empreender. Mais escolas de culinária devem ser fundadas, e alguns devem trabalhar de casa em casa, dando instruções na arte de cozinhar alimentos saudáveis. Muitos, muitos serão salvos da degenerescência física, mental e moral mediante a reforma de saúde. Estes princípios por si se recomendarão aos que estão a buscar a luz; e estes avançarão desse ponto, até receberem a verdade completa para o tempo atual. CRA 472 2 Deus quer que Seu povo receba para comunicar aos outros. Como testemunhas imparciais e altruístas, devem dar aos outros aquilo que o Senhor lhes deu a eles. E ao iniciardes este trabalho e, por quaisquer meios em vosso poder, buscardes alcançar corações, tende o cuidado de trabalhar de modo a remover o preconceito, em vez de criá-lo. Fazei da vida de Cristo vosso estudo constante, e trabalhai como Ele trabalhava, seguindo o Seu exemplo. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. Ensinando a reforma do regime em reuniões de feriados e recreações especiais CRA 472 3 814. Quando pela primeira vez nos veio a luz da reforma de saúde, costumávamos, em ocasiões de feriados, levar fogões aos lugares onde se reunia o povo, e ali mesmo assávamos pão não levedado -- broinhas e roscas. E penso que foi bom o resultado de nossos esforços, embora, naturalmente, não possuíssemos os preparados de alimento saudável que possuímos hoje. Naquele tempo começávamos a aprender a viver sem o uso da carne. CRA 472 4 Algumas vezes dirigíamos reuniões de entretenimento, e tomávamos muito cuidado para que tudo que preparávamos para a mesa fosse de bom paladar e servido de maneira atraente. No tempo das frutas apanhávamos murtas e framboesas, e morangos, diretamente das plantas. Fazíamos da mesa posta uma lição objetiva que mostrava aos presentes que nosso regime, embora de acordo com os princípios da reforma de saúde, estava longe de ser escasso. CRA 473 1 Às vezes proferia-se uma breve palestra sobre temperança, em conexão com essas reuniões de entretenimento, e assim o povo se familiarizava com os nossos princípios de vida. Tanto quanto saibamos, todos apreciavam isso, e todos recebiam esclarecimentos. Sempre tínhamos algo a dizer acerca da necessidade de prover alimento saudável e de prepará-lo de modo simples, e todavia torná-lo agradável e apetitoso, de maneira a satisfazer os participantes. CRA 473 2 O mundo está saturado de tentações para condescender com o apetite, e palavras de advertência, sinceras e precisas, têm causado maravilhosas transformações em famílias e em indivíduos. -- Carta 166, 1903. Oportunidades e perigos de nossos restaurantes CRA 473 3 815. Foi-nos também dada instrução de que nas cidades haveria oportunidade de fazer uma obra semelhante à que efetuamos no local da feira de Battle Creek. Em harmonia com esse esclarecimento, têm-se fundado restaurantes vegetarianos. Há, porém, grave perigo de que os nossos obreiros de restaurante se tornem tão possuídos do espírito de comercialismo que deixem de comunicar a luz de que o povo precisa. Nossos restaurantes nos põem em contato com muita gente, mas se permitirmos que nosso espírito se enleve com o pensamento do lucro financeiro, deixaremos de cumprir o propósito de Deus. Deseja Ele que aproveitemos toda oportunidade para apresentar a verdade que há de salvar homens e mulheres da morte eterna. CRA 473 4 Tenho procurado descobrir quantas almas se têm convertido à verdade em resultado da obra de restaurante aqui em _____. Alguns talvez tenham sido salvos, mas muitos mais se poderiam ter convertido a Deus se tivessem sido envidados todos os esforços para levar a efeito a obra segundo o propósito de Deus, e para fazer brilhar a luz na vereda dos outros. CRA 474 1 Desejo dizer aos obreiros ligados ao restaurante: Não continueis trabalhando como tendes feito. Procurai tornar o restaurante um meio de comunicar aos outros a luz da verdade presente. Para este propósito, unicamente, têm sido estabelecidos nossos restaurantes. ... CRA 474 2 Os obreiros do restaurante de _____ e os membros da igreja de _____ precisam converter-se cabalmente. A cada qual foi dado o talento do intelecto. Recebestes poder para prevalecer com Deus? "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." -- Manuscrito 27, 1906. Tato e discrição, necessários aos educadores CRA 474 3 816. Para educar o povo nos princípios da reforma de saúde, é mister que se façam maiores esforços. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, quanto aos meios de preparar alimentos saudáveis. Todos, velhos e moços, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mão dos alimentos animais. ... CRA 474 4 Muito cuidado e habilidade devem ser empregados na preparação dos alimentos destinados a substituir os que antigamente constituíam o regime alimentar dos que agora estão aprendendo a ser reformadores. Para esse fim requer-se fé em Deus, firmeza de propósito e o desejo de promover o auxílio mútuo. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta o opróbrio da causa da reforma de saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo. -- Testemunhos Selectos 3:361 (1909). Aulas de arte culinária em todas as nossas escolas CRA 474 5 817. Em todas as nossas escolas deve haver quem esteja habilitado a ensinar a cozinhar. Deve haver aulas de instrução nessa matéria. Os que estão recebendo o preparo para o serviço sofrem grande perda se não adquirem conhecimento sobre como preparar alimento de modo que seja saudável e saboroso ao mesmo tempo. CRA 475 1 A ciência de cozinhar não é coisa de pouca importância. O hábil preparo do alimento é uma das artes mais necessárias. Deve ser considerada como das mais valiosas de todas as artes, porque se acha tão intimamente relacionada com a vida. Tanto a força física como a mental dependem em grande parte do alimento que comemos; por isso, aquele que prepara o alimento ocupa posição importante e elevada. CRA 475 2 Tanto aos moços como às moças deve ser ensinado a como cozinhar economicamente, dispensando tudo que seja alimento cárneo. Não se anime o preparo de pratos compostos, em qualquer proporção, de alimento cárneo, pois este aponta para as trevas e ignorância do Egito, e não à pureza da reforma de saúde. CRA 475 3 As mulheres, especialmente, devem aprender a cozinhar. Que parte da educação de uma jovem é tão importante como esta? Quaisquer que sejam suas circunstâncias na vida, aí está o conhecimento que ela pode pôr em uso prático. É um ramo da educação que tem influência muito direta sobre a saúde e a felicidade. Há religião prática num bom pão. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 312, 313 (1913). CRA 475 4 818. Virão à escola muitos jovens com o desejo de obter preparo no sentido industrial. A instrução nesse ramo deve incluir escrituração mercantil, carpintaria, e tudo quanto diz respeito a agricultura. Devem-se fazer também preparativos para ensinar ferraria, pintura, arte culinária, fazer sapatos, padaria, lavanderia, consertos de roupa, datilografia e impressão. Toda energia de que dispusermos deve ser posta nessa obra de preparo, a fim de que saiam alunos preparados para os deveres da vida prática. -- Testimonies for the Church 6:182 (1900); Testemunhos Selectos 2:448. CRA 475 5 819. Em ligação com os nossos sanatórios e escolas deve haver escolas de culinária, onde se ministre instrução sobre o adequado preparo de alimento. Em todas as nossas escolas deve haver os que estejam habilitados a educar os estudantes, tanto homens como mulheres, na arte de cozinhar. As mulheres, especialmente, devem aprender a cozinhar. -- Manuscrito 95, 1901. CRA 476 1 820. Aos estudantes de nossas escolas deve ser ensinado o cozinhar. Ponha-se tato e habilidade neste ramo da educação. Com todo o engano da injustiça está Satanás operando para volver os pés da juventude para veredas de tentação, que levem à ruína. Temos de fortalecê-los e ajudá-los a resistirem às tentações que terão de defrontar por todos os lados, relativas à condescendência com o apetite. Ensinar-lhes a ciência do viver saudável é fazer trabalho missionário para o Mestre. -- Testimonies for the Church 7:113. CRA 476 2 821. O ensino manual merece muito mais atenção do que tem recebido. Devem-se estabelecer escolas que, em acréscimo à mais elevada cultura intelectual e moral, provejam as melhores possibilidades para o desenvolvimento físico e educação industrial. Deve-se ministrar instrução em agricultura, manufaturas, abrangendo tantos dos seus mais úteis ramos quanto possível; bem como em economia doméstica, arte culinária saudável, costura, confecção de roupas saudáveis, tratamentos de doentes, e coisas correlatas. -- Educação, 218 (1903). Fidelidade nos deveres comuns CRA 476 3 822. Muitos ramos de estudo que consomem o tempo do estudante, não são essenciais à utilidade ou felicidade; entretanto é essencial a todo jovem familiarizar-se completamente com os deveres de cada dia. Sendo necessário, uma jovem pode dispensar os conhecimentos de francês e álgebra, ou mesmo de piano; mas é indispensável que aprenda a preparar bom pão, confeccionar vestidos graciosamente adaptados, e executar eficientemente os muitos deveres atinentes ao lar. Nada é de maior importância para a saúde e felicidade da família toda do que habilidade e inteligência por parte de quem cozinha. Pelo alimento mal preparado e insalubre, pode-se impedir e mesmo arruinar não somente a utilidade dos adultos como também o desenvolvimento das crianças. Provendo, porém, alimento adaptado às necessidades do corpo, e ao mesmo tempo apetitoso e saboroso, poderá fazer tanto no sentido bom, CRA 477 4 quanto faria em direção errada, agindo contrariamente. Assim, de muitas maneiras, a felicidade da vida liga-se à fidelidade para com os deveres comuns. CRA 477 1 Visto como os homens, bem como as mulheres, têm parte na constituição do lar, tanto os rapazes como as moças devem obter conhecimento dos deveres domésticos. Fazer a cama e arranjar o quarto, lavar a louça, preparar a comida, lavar e consertar sua própria roupa, são conhecimentos que não tornarão um rapaz menos varonil; torná-lo-ão mais feliz e mais útil. -- Educação, 216 (1903). ------------------------Apêndice 1 -- Experiência pessoal de Ellen G. White como reformadora de saúde CRA 481 1 Primeiro: "A reforma dietética deve ser progressiva." A Ciência do Bom Viver, 319. A luz não foi, a princípio, dada em toda a sua plenitude. Foi conferida com força crescente de tempos a tempos, à medida que o povo estava preparado para compreender e agir segundo ela, e era apropriada às práticas e costumes gerais quanto a comer ao tempo em que eram dadas as instruções. CRA 481 2 Segundo: "Não indicamos nenhuma linha precisa a ser seguida em regime." Testimonies for the Church 9:159. Foram dadas repetidas advertências contra determinados alimentos prejudiciais. Mas em regra, foram estabelecidos princípios gerais, e a aplicação detalhada desses amplos princípios precisa por vezes ser determinada pela experiência, e pelas melhores conclusões científicas à disposição. CRA 481 3 Terceiro: "Não me ponho como critério para os outros." Carta 45, 1903. Havendo adotado por experimentações inteligentes certas regras para si mesma, a Sra. White descreveu por vezes o regime dietético de sua casa, mas não como uma regra pela qual os outros precisem ser rigidamente governados. -- Compiladores] A primeira visão quanto à reforma de saúde CRA 481 4 1. Foi na casa do irmão A. Hilliard, em Otsego, Michigan, a 6 de Junho de 1863, que me foi exposto em visão o grande tema da reforma de saúde. -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1867. Revelado como obra progressiva CRA 481 5 2. Na revelação que me foi concedida tanto tempo atrás [1863], foi-me mostrado que a intemperança prevaleceria no mundo numa proporção alarmante e que cada um que pertence ao povo de Deus deve tomar uma elevada posição quanto à reforma dos hábitos e práticas. ... O Senhor expôs perante mim um plano geral. Foi-me mostrado que Deus daria ao Seu povo que guarda os Seus mandamentos uma reforma alimentar, e que quando eles a recebessem, suas enfermidades e sofrimentos deveriam diminuir grandemente. Mostrou-se-me que essa obra progrediria. -- General Conference Bulletin, 12 de Abril de 1901; Conselhos Sobre Saúde, 531. Aceitação individual da mensagem CRA 482 1 3. Aceitei a luz quanto à reforma de saúde ao ser-me ela comunicada. Tem sido grande bênção para mim. Tenho hoje melhor saúde, não obstante achar-me com setenta e seis anos de idade, do que tinha em meus tempos juvenis. Dou graças a Deus pelos princípios da reforma de saúde. -- Manuscrito 50, 1904. Após experiência de um ano -- Benefícios recebidos CRA 482 2 4. Por anos pensei que, para ter resistência, dependia de um regime cárneo. Comia três refeições ao dia até alguns meses atrás. Tem-me sido muito difícil ir de uma a outra refeição sem uma sensação de fraqueza no estômago, e vertigens na cabeça. Comer faria desaparecer essas sensações. Raramente me permitia ingerir qualquer coisa entre as refeições regulares, e tenho tornado costume deitar-me muitas vezes sem a última refeição. Tenho sofrido, porém, grandemente, por falta de alimento entre o desjejum e o almoço, desfalecendo com freqüência. O comer carne removia provisoriamente esse desfalecimento. Concluí, portanto, que no meu caso a carne era indispensável. CRA 482 3 Mas desde que o Senhor me apresentou, em Junho de 1863 a questão do comer carne em relação com a saúde, deixei o uso desse alimento. Durante algum tempo, foi bastante difícil gostar de pão, que antes pouco me apetecia. Perseverando, todavia, cheguei a consegui-lo. Tenho vivido cerca de um ano sem carne. Por quase seis meses a maior parte do pão em nossa mesa tem sido sem fermento, feito de farinha integral e água, com bem pouco sal. Usamos frutas e verduras com liberalidade. Tenho vivido por oito meses com duas refeições. CRA 482 4 Tenho-me aplicado a escrever a maior parte do tempo por mais de um ano. Por oito meses tenho-me limitado estritamente a escrever. Meu cérebro tem sido sobrecarregado constantemente, e não tenho feito senão um pouco de exercício. No entanto, minha saúde nunca foi melhor que nos últimos seis meses. Meus anteriores desfalecimentos e vertigens desapareceram. Eu era afligida toda primavera com perda de apetite. Na última primavera não tive nenhuma dificuldade a esse respeito. CRA 483 1 Nossa comida simples, ingerida duas vezes por dia, é saboreada com vivo prazer. Não temos carne, bolo, ou qualquer comida suculenta em nossa mesa. Não usamos banha, mas, em lugar disto, leite, nata e alguma manteiga. Preparamos o alimento com pouco sal apenas, e dispensamos condimentos de toda espécie. Tomamos o desjejum às sete, e almoçamos a uma. É raro eu sentir qualquer debilidade. Meu apetite fica satisfeito. Como com mais gosto que nunca. -- Spiritual Gifts 4:153, 154 (1864). A batalha pela vitória CRA 483 2 5. Não mudei minha conduta em nada, desde que adotei a reforma de saúde. Não voltei nem um passo atrás desde que a luz do Céu iluminou pela primeira vez o meu caminho. Rompi com tudo imediatamente -- com carne e manteiga, e com as três refeições -- e isto enquanto ocupada em exaustivo labor cerebral, escrevendo desde cedo, pela manhã até ao pôr-do-sol. Baixei para duas refeições por dia sem mudar meu trabalho. CRA 483 3 Fui grande sofredora de enfermidades, havendo tido cinco ataques de paralisia. Estive com o braço esquerdo preso ao lado por meses, por ser tão grande a dor que tinha no coração. Ao fazer essas mudanças em meu regime, recusava-me a ceder ao paladar, deixando que ele me governasse. Há de isto ficar no caminho de minha obtenção de maior força, para que eu possa assim glorificar a meu Senhor? Permanecerá em meu caminho por um momento? Nunca! CRA 483 4 Sofri intensa fome -- eu era grande comedora de carne. Mas, quando desfalecida, punha os braços sobre o estômago, e dizia: "Não provarei um bocado. Hei de comer alimento simples, ou não comerei absolutamente." O pão me era insípido. Mal podia comer um pedacinho. Algumas coisas na reforma eu podia suportar muito bem; mas quando cheguei ao pão, senti-me especialmente antagônica. Ao fazer essas mudanças, tive combate especial a travar. As primeiras duas ou três refeições, não me foi possível comer. Disse a meu estômago: "Hás de esperar até que possas comer pão." Dentro em breve pude comê-lo, e pão integral também. Este eu não podia comer anteriormente; agora, porém, gosto dele, e não tenho tido perda de apetite. Agiu por princípio CRA 484 1 Quando estava escrevendo Spiritual Gifts, vols. 3 e 4 [1863-64], ficava exausta pelo excessivo labor. Vi então que precisava mudar minha conduta, e descansando alguns dias, senti-me bem outra vez. Abandonei estas coisas por princípio. Por princípio, tomei minha atitude para com a reforma de saúde, e desde então, irmãos, não me tendes ouvido propor quanto à reforma de saúde um ponto extremista, de que tenha de recuar. Não avancei coisa alguma senão o que hoje sustento. Recomendo-vos um regime saudável, nutritivo. CRA 484 2 Não considero grande privação abandonar aquelas coisas que deixam mau odor no hálito e mau gosto na boca. É acaso abnegação abandonar esses artigos, e chegar a uma condição em que tudo é doce como mel, em que nenhum mau gosto é deixado na boca, em que não há sensações de esvaimento no estômago? Isto costumava eu experimentar muitas vezes. Desfalecia repetidamente com meu filhinho nos braços. Nada disso me acontece agora; e chamarei eu a isto uma privação, quando posso ficar de pé diante de vós como hoje faço? Não há uma mulher entre cem que seja capaz de suportar a soma de trabalho que eu suporto. Agi por princípio e não por impulso. Agi porque acreditei que o Céu aprovaria a conduta que estava seguindo a fim de colocar-me no melhor estado de saúde, para que pudesse glorificar a Deus em meu corpo e espírito, que são dEle. -- Testimonies for the Church 2:371, 372 (1870). Uma batalha contra o hábito do vinagre CRA 484 3 6. Acabo de ler vossa carta. Parece que tendes sincero desejo de operar a vossa salvação com temor e tremor. Animo-vos a assim proceder. Aconselho-vos a abandonar tudo o que vos possa levar a fazer pela metade a obra de buscar o reino de Deus e Sua justiça. Afastai toda condescendência que vos estorve em vossa obra de vencer. Pedi as orações dos que podem compreender vossa necessidade de auxílio. CRA 485 1 Houve um tempo em que me achei em alguns respeitos, em situação semelhante à vossa. Condescendera com o desejo de usar vinagre. Resolvi, porém, com o auxílio de Deus vencer isto. Combati a tentação, resolvida a não ser dominada por esse hábito. CRA 485 2 Estive muito doente por várias semanas; mas dizia repetidamente: O Senhor sabe tudo a esse respeito. Se eu morrer, morrerei; mas não cederei a esse desejo. A luta continuou, e fui duramente afligida por muitas semanas. Todos pensavam que me era impossível viver. Podeis estar certos de que buscamos mui fervorosamente ao Senhor. Foram feitas as mais fervorosas orações por meu restabelecimento. Continuei a resistir ao desejo de usar vinagre, e venci afinal. Agora não tenho inclinação para provar qualquer coisa dessa espécie. Esta experiência me tem sido, por muitas maneiras, de grande valor. Obtive inteira vitória. CRA 485 3 Relato-vos este incidente a fim de ajudar-vos e vos animar. Tenho fé, minha irmã, em que podeis atravessar essa prova, e revelar que Deus é o ajudador de Seus filhos em todo tempo de necessidade. Caso determineis vencer esse hábito, e o combaterdes perseverantemente, podeis obter uma experiência do mais alto valor. Quando assentardes a vontade resolutamente para romper com esta condescendência, haveis de obter a ajuda de Deus que necessitais. Experimentai-o, minha irmã. CRA 485 4 Enquanto reconhecerdes esse hábito pela condescendência com ele, Satanás manterá seu domínio sobre a vossa vontade, levando-a a obediência a ele próprio. Mas se determinardes vencer, o Senhor vos curará, e dar-vos-á força para resistir a toda tentação. Lembrai sempre que Cristo é vosso Salvador e Protetor. -- Carta 70, 1911. Regime frugal mas apropriado CRA 485 5 7. Como o suficiente para satisfazer às necessidades da natureza; quando me levanto da mesa, porém, meu apetite é tão bom como quando me sentei. E ao chegar a próxima refeição, estou pronta para tomar minha porção, e não mais. Comesse eu dobrada porção de quando em quando porque é saborosa, como me poderia curvar e pedir a Deus que me ajudasse em meu trabalho de escrever, quando não me é possível apanhar uma idéia em razão de minha gulodice? Poderia eu pedir a Deus que cuidasse daquele irrazoável peso em meu estômago? Isto ser-Lhe-ia desonroso. Seria pedir para desperdiçar sobre minha concupiscência. Ora, como o que julgo ser justo, e então posso pedir que Ele me dê força para efetuar a obra que me deu a fazer. E conheço que o Céu tem atendido a minha oração, quando Lhe peço. -- Testimonies for the Church 2:373, 374 (1870). Uma mesa bem provida CRA 486 1 8. Tenho em todas as ocasiões uma mesa bem provida. Não faço mudanças para visitas, sejam eles crentes ou incrédulos. Pretendo nunca ser tomada de surpresa pelo despreparo em receber de uma a seis pessoas que chegarem de improviso. Tenho bastante comida simples e saudável pronta para satisfazer a fome e nutrir o organismo. Se alguém quiser mais que isto, está na liberdade de procurá-la noutra parte. Nem manteiga nem alimentos cárneos de qualquer espécie vêm à minha mesa. Raramente aí se encontra bolo. Tenho geralmente ampla provisão de frutas, bom pão e verduras. Nossa mesa é sempre bem freqüentada, e todos os que participam do alimento passam bem e melhoram com ele. Todos se sentam sem apetite desmedido, e desfrutam com prazer as bênçãos fornecidas por nosso Criador. -- Testimonies for the Church 2:487 (1870). Nos vagões CRA 486 2 9. Enquanto pais e filhos estavam comendo suas iguarias, meu marido e eu participávamos de nosso singelo alimento, na hora habitual -- 1:00 hora da tarde -- pão integral sem manteiga, e abundante provisão de frutas. Tomamos nossa refeição com vivo prazer, e coração agradecido por não sermos obrigados a carregar uma mercearia popular conosco a fim de prover a um apetite caprichoso. Comemos com apetite e não tivemos nenhuma sensação de fome até à manhã seguinte. O menino com suas laranjas, nozes, pipocas e doces, achou-nos maus fregueses. -- The Health Reformer, Dezembro de 1870. Enfrentando dificuldade e as resultantes transigências CRA 487 1 10. Há mais de trinta anos, eu me encontrava muitas vezes em grande fraqueza. Muitas orações eram feitas em meu favor. Pensava-se que o alimento cárneo me daria vitalidade, e este era, portanto, meu principal artigo de alimentação. Em vez de adquirir forças, porém, tornei-me cada vez mais fraca. Desmaiava muitas vezes de exaustão. Veio-me luz, mostrando o dano que homens e mulheres estavam causando às faculdades mentais, morais e físicas pelo uso da carne. Foi-me mostrado que toda a estrutura humana é afetada por esse regime, que por ele o homem fortalece as propensões animais e o desejo de bebidas alcoólicas. CRA 487 2 Cortei imediatamente a carne de meu cardápio. Depois disto fui por vezes colocada em situações em que me senti compelida a comer um pouco de carne. -- Carta 83, 1901. Lamento por falta de uma cozinheira -- 1892 CRA 487 3 11. Estou agora sofrendo mais pela falta de uma pessoa experiente no ramo culinário -- que prepare coisas que eu possa comer. ... O alimento é preparado de tal maneira que não é apetecível, mas tem a tendência de tirar o desejo de comer. CRA 487 4 Eu pagaria mais alto preço por uma cozinheira do que por qualquer outra parte de meu trabalho. -- Carta 19c, 1892. Final compromisso quanto à total abstinência de carne CRA 488 1 12. Desde a reunião campal de Brighton (Janeiro de 1894) bani absolutamente a carne de minha mesa. Está entendido que, quer eu esteja em casa quer lá fora, nada dessa espécie deve ser usado em minha família, ou vir à minha mesa. Vi mentalmente sobre este assunto muitas cenas durante a noite. -- Carta 76, 1895. CRA 488 2 13. Temos abundância de bom leite, fruta e pão. Já consagrei minha mesa. Livrei-a de todos os alimentos cárneos. É melhor para a sanidade física e mental refrear-nos de viver da carne de animais. Devemos, o quanto possível, voltar ao plano original de Deus. Daqui em diante minha mesa estará livre de carne de animais mortos, e sem aqueles artigos de sobremesa que levam muito tempo e energias para preparar. Podemos usar abundantemente frutas, e em maneiras variadas, e não incorrer no risco de contrair as doenças adquiridas pelo uso de carne de animais doentes. Devemos pôr sob controle nosso apetite, de maneira que fruamos a comida simples, saudável, e tenhamos abundância dela a fim de que ninguém sofra fome. -- Manuscrito 25, 1894. Um ano após o avançado passo CRA 488 3 14. Temos uma família grande, e além disto, muitos hóspedes, mas nem carne nem manteiga é posta na mesa. Usamos a nata do leite de vacas que nós mesmos alimentamos. Compramos manteiga para fins culinários de leiterias onde as vacas se acham em condições saudáveis, e têm bom pasto. -- Carta 76, 1895. Dois anos após o avançado passo CRA 488 4 15. Tenho uma grande família, que chega muitas vezes a dezesseis pessoas. Há nela homens que trabalham no arado e que derrubam árvores. Esses têm mais vigoroso exercício, mas nem uma partícula de carne é posta em nossa mesa. A carne não tem sido usada por nós desde a reunião campal de Brighton. Não era meu desígnio tê-la a minha mesa em qualquer tempo, mas instantes alegações foram feitas de que alguém não podia comer isto ou aquilo, e que seu estômago podia digerir carne melhor que qualquer outra coisa. Assim fui incitada a pô-la em minha mesa. ... CRA 489 1 Todos os que chegam à minha mesa são bem-vindos, mas diante deles não ponho carne. Cereais, verduras, e frutas frescas ou em conserva, constituem nosso cardápio. Temos atualmente fartura das melhores laranjas, e de limões. São estas as únicas frutas frescas que podemos obter nesta estação do ano. ... CRA 489 2 Escrevi isto a fim de dar-vos uma idéia da maneira como vivemos. Jamais gozei melhor saúde do que tenho agora, e nunca escrevi mais. Ergo-me às três da manhã, e não durmo durante o dia. Muitas vezes estou de pé a uma hora, e quando minha mente se encontra especialmente preocupada, levanto-me às doze para escrever matéria que me tem sido instantemente recomendada à mente. Louvo ao Senhor de alma, coração e voz por Sua grande misericórdia para comigo. -- Carta 73a, 1896. Uso moderado de alimentos com nozes CRA 489 3 16. Não comemos carne nem manteiga, e usamos muito pouco leite no preparo da comida. Não há frutas frescas nesta estação. Temos boa safra de tomates, mas nossa família dá muito valor aos pratos preparados com nozes em variedade de maneiras. Usamos um quinto das nozes especificadas nas receitas. -- Carta 73, 1899. Um regime apropriado -- Mas não carne CRA 489 4 17. Quando me achava em Cooranbong, vieram a minha família muitas pessoas que eram grandes comedoras de carne, e ao sentarem-se à mesa em que nem uma partícula de carne era servida, costumavam dizer: "Bem, se tendes comida assim, eu poderia passar sem carne." Acho que nossa comida satisfaz nossa família. Digo a esta: "Seja o que for que façais, não tenhais um regime pobre. Ponde à mesa o suficiente para nutrir o organismo. Precisais fazer isto. Precisais inventar, e inventar e estudar sempre, e arranjar os melhores pratos que vos seja possível, de modo a não ter um regime empobrecido." -- Manuscrito 82, 1901. Chá e café CRA 490 1 18. Há anos que não compro um centavo de chá. Conhecendo seus efeitos, não ousaria usá-lo, exceto em casos de severo vômito, quando o tomo como remédio, mas não como bebida. ... CRA 490 2 Não sou culpada de tomar qualquer chá exceto o chá de trevo vermelho, e se eu gostasse de vinho, chá e café, não usaria esses narcóticos destruidores da saúde, pois prezo a saúde e prezo um exemplo sadio em todas estas coisas. Quero ser um modelo de temperança e de boas obras aos outros. -- Carta 12, 1888. Alimento simples CRA 490 3 19. Minha saúde é boa. Excelente o apetite. Verifico que, quanto mais simples a comida, e quanto menos variedades eu como, tanto mais forte me sinto. -- Carta 150, 1903. Seguindo a luz em 1903 CRA 490 4 20. Temos em nossa família o desjejum às seis e meia, e o almoço a uma e meia. Não ceamos. Mudaríamos um pouco nossas horas de refeição não fosse serem essas as horas mais convenientes para alguns membros da família. CRA 490 5 Como apenas duas refeições por dia, e sigo ainda a luz a mim comunicada trinta e cinco anos atrás. Não uso carne. Quanto a mim, assentei a questão da manteiga. Não a uso. Este ponto deve ser facilmente assentado em todo lugar em que não se pode obter o artigo mais puro. Temos duas boas vacas leiteiras, uma Jersey e uma Holandesa. Usamos nata, e todos estão satisfeitos com isto. -- Carta 45, 1903. CRA 490 6 21. Estou com setenta e cinco anos; mas escrevo tanto como sempre escrevi. Tenho boa digestão, e meu cérebro é claro. CRA 491 1 Nosso cardápio é simples e saudável. Não temos à mesa manteiga, nem carne, nem queijo, nem misturas gordurosas de alimento. Por alguns meses um jovem incrédulo, que comera carne toda a sua vida, esteve hospedado em nossa casa. Não fizemos mudança em nosso regime por causa dele; e enquanto ele esteve conosco engordou cerca de dez quilos. A alimentação que lhe proporcionamos era muito melhor para ele do que aquela a que estivera habituado. Todos quantos se sentam à minha mesa manifestam sua satisfação com a comida que lhes servimos. -- Carta 62, 1903. A família não obrigada por rígidas regras CRA 491 2 22. Como o alimento mais simples, preparado pela mais simples maneira. Por meses meu principal artigo de alimentação tem sido aletria e tomates em conserva, cozidos juntamente. Como isto com torradas. E então como também frutas cozidas, e às vezes torta de limão. Milho seco, cozido com leite ou um pouco de nata, é outro prato que uso às vezes. CRA 491 3 Mas os outros membros de minha família não comem as mesmas coisas que eu. Não me ponho como critério para eles. Deixo cada um seguir suas idéias quanto ao que é melhor para si. Não obrigo a consciência de outros pela minha. Uma pessoa não pode ser critério para outros em questão de comida. Impossível é fazer uma regra para ser seguida por todos. Há em minha família pessoas muito amantes de feijão, ao passo que, para mim, ele é veneno. Manteiga nunca é posta à minha mesa, mas há membros da família que preferem usar um pouco desse artigo fora da mesa; estão na liberdade de fazê-lo. Nossa mesa é posta duas vezes por dia, mas se há pessoas que desejem alguma coisa à noitinha, não há nenhuma regra que os proíba de obtê-la. Ninguém se queixa nem sai da mesa insatisfeito. Uma variedade de comida simples, saudável e apetitosa é sempre proporcionada. -- Carta 127, 1904. Uma declaração para os que têm dúvidas quanto à maneira de comer da Sra. White CRA 491 4 23. É contado por alguns que não tenho vivido segundo os princípios da reforma de saúde, tal como os tenho advogado pela pena. Mas posso dizer que, ao que sei, não me tenho apartado desses princípios. Os que têm comido à minha mesa sabem que não lhes tenho posto carne adiante. ... CRA 492 1 Faz muitos anos que tive carne à mesa em meu lar. Nunca usamos chá ou café. Tenho usado acidentalmente chá de flor de trevo vermelho como bebida quente, mas poucos de minha família tomam qualquer líquido às refeições. Há na mesa nata em vez de manteiga, mesmo se temos visitas. Não tenho usado manteiga por muitos anos. CRA 492 2 Todavia não temos um regime pobre. Temos abundância de frutas secas e conservadas. Caso nossa colheita de frutas seja pequena, compramos no mercado. A irmã Gray manda-me as uvas sem sementes, e estas, cozidas no vapor, dão um prato muito saboroso. Cultivamos nossas próprias framboesas, e usamo-las à vontade. Morangos não dão bem nesta localidade, mas compramos dos vizinhos amoras e outras variedades delas, maçãs e pêras. Temos também abundância de tomates. Cultivamos ainda uma boa variedade de milho doce, e secamos grande quantidade para uso durante os meses de inverno. Perto de nós há uma fábrica de alimentos, onde nos podemos abastecer dos preparos de cereais. CRA 492 3 Esforçamo-nos para usar de bom discernimento no determinar que combinações de alimento se nos adaptam melhor. É nosso dever agir prudentemente no que concerne a nossos hábitos de comer, ser temperantes, e aprender a raciocinar de causa para efeito. Caso façamos nossa parte, o Senhor fará a Sua em conservar-nos a energia cérebro-nervosa. CRA 492 4 Por mais de quarenta anos não tenho tomado senão duas refeições por dia. E se tenho um trabalho especialmente importante a fazer, limito a quantidade de alimento que tomo. Considero como dever recusar-me a pôr no estômago qualquer comida que tenho razão de crer que vá causar perturbação. Minha mente precisa ser santificada para Deus, e preciso guardar-me cuidadosamente contra qualquer hábito que tenda a diminuir-me as faculdades do intelecto. CRA 492 5 Acho-me agora em meu octogésimo primeiro ano, e posso testificar que, como uma família, não ansiamos as panelas de carne do Egito. Tenho conhecido alguma coisa dos benefícios a serem recebidos mediante o viver os princípios da reforma de saúde. Considero um privilégio, bem como um dever, ser adepta da reforma de saúde. CRA 493 1 Sinto todavia, que haja tantos entre nosso povo que não seguem estritamente a luz sobre a reforma de saúde. Aqueles que, em seus hábitos, transgridem os princípios da saúde, e não dão atenção à luz que o Senhor lhes deu, sofrerão certamente as conseqüências. CRA 493 2 Eu vos escrevo esses detalhes para que saibais como responder a qualquer que ponha em dúvida minha maneira de comer. ... CRA 493 3 Considero que uma das razões por que tenho sido capaz de fazer tanto trabalho no falar e no escrever, é ser estritamente temperante na comida. Se me põem adiante vários pratos, esforço-me por escolher apenas os que sei que me vão bem. Sou assim habilitada a conservar claras as faculdades mentais. Recuso-me a pôr no estômago, sabendo, qualquer coisa que ocasione fermentação. Este é o dever de todo adepto da reforma de saúde. Precisamos raciocinar de causa para efeito. É nosso dever ser temperantes em tudo. -- Carta 50, 1908. Princípios gerais de reforma CRA 493 4 24. Tenho tido do Senhor grande luz acerca do assunto da reforma de saúde. Não busquei essa luz; não estudei a fim de obtê-la; ela me foi dada pelo Senhor para comunicá-la aos outros. Apresento esses assuntos ao povo, demorando nos princípios gerais, e por vezes, se me fazem perguntas à mesa a que fui convidada, respondo segundo a verdade. Nunca fiz, porém, um ataque a ninguém quanto à mesa ou a seu conteúdo. Eu não consideraria absolutamente esse proceder cortês ou apropriado. -- Manuscrito 29, 1897. Tolerância para com outros CRA 493 5 25. Não me faço critério para nenhuma outra pessoa. Coisas há que não posso comer sem experimentar grande sofrimento. Procuro aprender o que é melhor para mim, e depois, sem dizer coisa alguma a ninguém, participo das coisas que posso comer, que muitas vezes constituem duas ou três variedades que não me causam perturbações ao estômago. -- Carta 45, 1903. CRA 494 1 26. Há grande diferença entre constituições e temperamentos, e as exigências do organismo diferem grandemente nas diferentes pessoas. O que seria alimento para um, seria veneno para outro; assim, não se podem estabelecer regras precisas que se ajustem a todos os casos. Não posso comer feijão, pois para mim é um veneno; mas dizer eu por isto que ninguém deve comê-lo, seria ridículo. Não posso comer uma colher de molho branco, ou pão torrado com leite sem sofrer as conseqüências; outros membros de minha família, no entanto, podem comer essas coisas, e nada sentem; tomo portanto o que me vai bem, ao estômago, e eles fazem o mesmo. Não trocamos palavras, não há discussões; tudo corre harmoniosamente em minha grande família, porque não tento ditar o que eles hão de comer ou não comer. -- Carta 19, 1891. "Tenho sido fiel observadora da reforma de saúde" CRA 494 2 27. Quando pela primeira vez me veio a mensagem da reforma de saúde, eu era fraca e muito débil, sujeita a desmaios freqüentes. Roguei a Deus que me auxiliasse, e Ele me apresentou a grande questão da reforma de saúde. Revelou-me que os que estão guardando os Seus mandamentos, deverão ser postos em relação sagrada com Ele e, por meio da temperança observada no comer e no beber, conservar o espírito e o corpo nas condições mais favoráveis para o Seu serviço. Essa luz me foi uma grande bênção. Tomei posição como observadora da reforma de saúde, sabendo que o Senhor me fortaleceria. Tenho hoje melhor saúde do que na juventude, apesar da minha idade. CRA 494 3 Houve quem alegasse que não tenho seguido os princípios de saúde, tais como os defendo com a pena; posso, entretanto, dizer que tenho sido fiel a essa reforma. Os membros da minha família sabem que isso é verdade. -- Testimonies for the Church 9:158, 159 (1909); Testemunhos Selectos 3:359. ------------------------Apêndice 2 -- Uma declaração de Tiago White quanto ao ensino da reforma de saúde CRA 495 1 A Sra. White falou acerca da questão da saúde de maneira a satisfazer inteiramente. Suas observações foram claras e convincentes, se bem que prudentes, de maneira que atraiu os sentimentos de toda a congregação. Nesse assunto ela evita sempre extremos, e cuida em assumir atitudes em que esteja bem certa de não excitar preconceitos. CRA 495 2 O povo excita-se facilmente e enche-se de preconceitos no tocante ao assunto da reforma de saúde, caso os que o tratam não são felizes na escolha da ocasião, ou da maneira de exprimir-se ao apresentá-lo, em especial se se colocam perante o povo no aspecto de extremistas. Algumas questões delicadas como "vícios secretos", raramente devem ser discutidos -- se é que o devam ser -- apenas em publicações apropriadas ao assunto. Não há um em dez de nossos pregadores que esteja devidamente informado, e convenientemente guardado para manejar a questão da saúde em seus vários ramos perante o povo. E a soma de dano ocasionado à causa da verdade presente pela desavisada orientação dos que têm apresentado o assunto da reforma de saúde em ocasião e lugar errados, e de maneira errônea, mal se pode calcular. CRA 495 3 "Ainda tenho muito que vos dizer", disse Jesus, "mas vós não o podeis suportar agora." Jesus sabia conduzir o espírito de Seus discípulos. Sabia também apresentar a Seu povo expectante o grande tema da reforma de saúde, passo a passo, segundo eles a pudessem suportar e dela fazer bom uso, sem irritar o espírito público. Deste outono há vinte e dois anos, foi que nossa mente foi atraída aos prejudiciais efeitos do fumo, do chá e café, mediante o testemunho da Sra. White. Deus tem abençoado maravilhosamente o esforço de afastar de nós estas coisas, de maneira que, como uma denominação, podemos regozijar-nos na vitória, com bem poucas exceções, sobre essas nocivas condescendências com o apetite. ... CRA 496 1 Havendo nós obtido boa vitória sobre essas coisas, e vendo o Senhor que éramos capazes de suportá-la, foi comunicada luz no que respeita ao alimento e ao vestuário. E a causa da reforma de saúde entre nós caminhou avante firmemente, e grandes mudanças foram feitas, especialmente no sentido do uso da carne de porco, até ao ponto em que, em conseqüência de nossa doença, a Sra. White deixou de falar e escrever acerca da questão da reforma de saúde. Daí pode datar-se o começo de nossos infortúnios e erros como um povo com relação a esse assunto. CRA 496 2 E desde que volvemos à atividade, a Sra. White sente-se mais vezes chamada a falar acerca da questão da reforma de saúde por causa da existência de extremos de adeptos da reforma, do que por qualquer outra razão. O fato de todos, ou quase todos, dos extremos existentes relativamente à reforma de saúde entre nosso povo receberem supostamente sua irrestrita sanção, é o porquê de sentir-se ela chamada a manifestar seus sentimentos reais. O povo precisa, e há de a seu tempo, conhecer sua atitude a esse respeito. CRA 496 3 Com relação ao uso do fumo, do chá, café, alimentos cárneos e também ao vestuário, há geral acordo. Atualmente, porém, ela não se acha preparada a tomar atitude extrema quanto ao sal, açúcar e leite. Caso não houvesse outras razões para avançar cautelosamente no que respeita a essas coisas de uso tão comum e abundante, uma existe, suficiente, no fato de não se encontrar preparada a mente de muitos, mesmo para receber os fatos referentes a essas coisas. A completa derrota de indivíduos, e a quase destruição de algumas de nossas igrejas, podem ser claramente rastreadas a algumas atitudes extremistas no regime desavisadamente dado na Review algum tempo atrás. Maus foram os resultados. Ao passo que alguns rejeitaram o assunto da reforma de saúde, devido a haver sido mal apresentado, outros, pronta e conscienciosamente, têm tomado posições extremas, grandemente prejudiciais à própria saúde, e conseqüentemente à causa da reforma de saúde. CRA 497 1 Neste estado de coisas, se bem que desanimador, a Sra. White sente-se chamada a reiniciar sua obra nesse campo de labor, e assim fazendo, fará com que seus pontos de vista sejam plenamente compreendidos. Convém, entretanto, declarar aqui, que ao passo que ela não considera leite, tomado em grandes quantidades com pão, como é costume, o melhor artigo alimentar. Ela tem se preocupado com a importância da melhor e mais saudável condição possível da vaca, cujo leite é usado como alimentação. Ela não se pode unir na circulação de publicações espalhadas que tomam atitude extremista na importante questão do leite, segundo os esclarecimentos atuais relativamente à questão. Tais obras podem ficar bem aos bem-informados reformadores de saúde, podem ser guias adequados no departamento culinário de nosso Instituto de Saúde de Battle Creek, depois de as mesas haverem sido livres do uso habitual do leite. E tais obras podem ter maior influência entre nosso povo quando os pastores que são ardorosos reformadores nesse sentido, deixarem o livre uso do leite de vaca. CRA 497 2 Aqui está nossa fraqueza sobre este assunto. Nossas publicações, que vão lá fora aos ignorantes e aos que são muito susceptíveis aos preconceitos, acham-se em alguns desses pontos, mais avançadas do que as práticas dos que representam entre nós a reforma de saúde. A Sra. White pede que este assunto seja invertido de maneira que nossas publicações só exprimam os sentimentos em torno dos quais os que se acham à testa da reforma se encontram de acordo, e ainda em uma maneira de falar que não suscite preconceitos, colocando homens e mulheres bons além de nossa influência Tomem as práticas unidas dos reformadores de saúde a dianteira, e em continuação nossas publicações expressem bem amadurecidos sentimentos, de modo a poderem ser suportados pelos iletrados. CRA 497 3 A Sra. White pensa que uma mudança das mais simples espécies de alimentos cárneos para abundante uso de açúcar, é ir de "mal para pior". Ela recomendaria uso muito moderado tanto de açúcar como de sal. O apetite pode e deve ser levado ao parcimonioso uso de ambos. No caso do sal, a comida assim com tão reduzida porção que pareceria insípida à pessoa habituada ao uso de muito sal, dentro de algumas semanas de emprego temperante será penosamente salgada ao paladar. CRA 498 1 Ao passo que fumo, chá e café podem ser deixados imediatamente, cada um por sua vez, entretanto para aqueles que estejam desafortunadamente escravizados a todos, as mudanças na alimentação devem ser feitas com cuidado, cada uma por sua vez. E enquanto ela quer dizer isto aos que se encontram em risco de fazer demasiado rápido as mudanças, diria também aos tardios: Estai certos, e não esqueçais o mudar. Os fatos mais simples possíveis exigem uma mudança dos hábitos comuns da vida, mas não sejam elas feitas tão depressa que prejudiquem a saúde e a constituição. -- The Review and Herald, 8 de Novembro de 1870. ------------------------Cristo em Seu Santuário CS 7 1 Capítulo 1 -- A verdade do santuário uma introdução CS 21 1 Capítulo 2 -- Cristo no sistema sacrifical CS 25 1 Capítulo 3 -- O santuário celestial em miniatura CS 41 1 Capítulo 4 -- O evangelho em tipo e antítipo CS 47 1 Capítulo 5 -- A mensagem do juízo agita a América CS 67 1 Capítulo 6 -- Daniel 8:14 e passos nos misteriosos desígnios de Deus CS 77 1 Capítulo 7 -- O fim dos 2300 dias de Daniel 8:14 CS 85 1 Capítulo 8 -- O glorioso templo no céu CS 97 1 Capítulo 9 -- Nosso sumo sacerdote no santo dos santos CS 109 1 Capítulo 10 -- Encerramento do ministério de Cristo no santuário celestial ------------------------Capítulo 1 -- A verdade do santuário uma introdução CS 7 1 Escrevendo sobre o que devia ser realizado antes da vinda do Senhor, pela Igreja Adventista do Sétimo Dia que despontava, Ellen G. White disse em 1883: CS 7 2 "O espírito dos crentes devia se dirigido ao santuário celeste, aonde Cristo entrara para fazer expiação por Seu povo." -- Mensagens Escolhidas 1:67. CS 7 3 Numa situação de crise em 1906, quando vários dos ensinos básicos dos adventistas do sétimo dia estavam sendo ameaçados, ela escreveu: CS 7 4 "A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé." -- Evangelismo, 221. O fim dos 2300 dias CS 7 5 Entre as profecias que formam a base do despertamento do movimento adventista na primeira década dos anos 1830 e 1840 estava a de Daniel 8:14: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Ellen White, que passou pela experiência, esclarece com respeito à aplicação desta profecia: CS 8 1 "Em conformidade com o resto do mundo cristão, os adventistas admitiam, nesse tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, época ou santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último grande dia, e que ocorreria por ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à Terra em 1844." -- O Grande Conflito, 408. CS 8 2 Este período profético chegou ao fim em 22 de Outubro de 1844. Para os que esperavam encontrar o Senhor nesse dia, o desapontamento foi grande. Hirão Edson, um criterioso estudioso da Bíblia na parte média do Estado de Nova Iorque, descreve o que aconteceu entre o grupo de crentes de que ele era parte: CS 8 3 "Nossas expectações haviam-se elevado alto, e assim aguardávamos a vinda de nosso Senhor, até que o relógio soou as doze horas da meia-noite. O dia havia-se passado então, e nosso desapontamento havia-se tornado uma certeza. Nossas mais fundas esperanças e expectações foram derruídas, e sobre nós veio tal espírito de pranto como jamais havíamos experimentado antes. Parecia que a perda de todos os amigos terrestres não podia ter comparação. Choramos e choramos, até que o dia raiou. ... CS 8 4 "Ponderando em meu coração, eu disse a mim mesmo: 'Minha experiência do advento tem sido a mais bela de toda a minha experiência cristã. ... Falhou a Bíblia? Não há Deus, nem Céu, nem cidade dourada e nem Paraíso? Não passa tudo isto de uma fábula habilidosamente engendrada? Não são reais nossas mais fundas esperanças e expectações?'... CS 8 5 "Eu comecei a sentir que devia haver luz e auxílio para nós nesta hora de agonia. Eu disse a alguns dos irmãos: 'Vamos para o celeiro.' Entramos no celeiro, fechamos a porta, e dobramo-nos perante o Senhor. Oramos ferventemente, pois sentíamos nossa necessidade. Prosseguimos em fervorosa oração até que nos fosse dado o testemunho do Espírito de que nossas orações eram aceitas, e luz ser-nos-ia concedida -- nosso desapontamento explicado e satisfatoriamente esclarecido. CS 8 6 "Depois do desjejum eu disse a um de meus irmãos: 'Vamos sair e encorajar a alguns de nossos irmãos.' Saímos, e enquanto caminhávamos através de um grande campo, fui obstado aproximadamente na metade do campo. O Céu parecia abrir-se ante meus olhos, e eu vi clara e distintamente que em vez de nosso Sumo Sacerdote haver saído do lugar santíssimo do santuário celestial para a Terra no décimo dia do sétimo mês, ao final dos 2300 dias, Ele, pela primeira vez, entrava nesse dia no segundo compartimento daquele santuário, e que Ele tinha um trabalho a realizar no lugar santíssimo antes de vir à Terra; que Ele veio para as bodas, ou em outras palavras, ao Ancião de Dias, a fim de receber o reino, e o domínio e a glória; e que devíamos esperar Seu retorno das bodas. E minha mente foi dirigida para o décimo capítulo de Apocalipse, onde pude ver que a visão havia falado e não havia mentido." -- Manuscrito inédito, publicado em parte na The Review and Herald, 23 de Junho de 1921. CS 9 1 Seguiu-se daí uma cuidadosa investigação das Escrituras, de todos os textos que tocavam neste assunto -- particularmente os de Hebreus -- por parte de Hirão Edson e dois íntimos associados; o Dr. F. B. Hahn, médico, e O. R. L. Crosier, professor. O resultado do estudo deste grupo foi escrito por Crosier e publicado, primeiro no The Day Dawn, um jornal de circulação limitada, e então reescrito e ampliado no formato num exemplar especial do The Day-Star, 7 de Fevereiro de 1846. Este foi o jornal adventista mais amplamente lido, publicado em Cincinnati, Ohio. Por este meio foi alcançado certo número dos desapontados crentes do advento. A então extensa apresentação, bem comprovada pelas Escrituras, levou esperança e coragem ao coração deles, ao mostrar claramente que o santuário devia ser purificado ao fim dos 2300 dias no Céu, e não na Terra, como haviam crido então. CS 9 2 Ellen G. White, numa afirmação escrita em 21 de Abril de 1847, declarou em endosso do artigo de Crosier sobre a questão do santuário: CS 9 3 "O Senhor me mostrou em visão, passado mais de um ano, que o irmão Crosier tinha a verdadeira luz sobre a purificação do santuário, etc.; e que foi Sua vontade que o irmão Crosier escrevesse a visão que ele nos apresentou no The Day-Star, 7 de Fevereiro de 1846. Sinto-me inteiramente autorizada pelo Senhor a recomendar esse Extra a cada santo." -- A Word to the Little Flock, 12. CS 9 4 Posteriormente ela escreveu a respeito do rápido desenvolvimento da compreensão doutrinal que se seguiu ao desapontamento: CS 9 5 "O passamento do tempo em 1844 foi um período de grandes eventos, abrindo-se a nossos olhos atônitos a purificação do santuário que ocorria no Céu, e tendo decidida relação com o povo de Deus sobre a Terra." -- Manuscrito 13, 1889, publicado em Counsels to Writers and Editors, 30. A verdade estabelecida pelo testemunho do Espírito Santo CS 10 1 As visões dadas a Ellen White, conquanto não alcançando além do estudo da Bíblia, confirmavam a solidez da posição assumida de que uma importante fase do ministério de Cristo no santuário celestial tivera início em 22 de Outubro de 1844. Gradualmente a largura e a profundidade do assunto abriram-se perante os crentes do advento. Olhando retrospectivamente à experiência nos últimos anos, ela relembrou seus estudos e as manifestas provas da mão guiadora de Deus: CS 10 2 "Muitos de nosso povo não reconhecem quão firmemente foram lançados os alicerces de nossa fé. Meu esposo, o Pastor José Bates, o Pai Pierce, o Pastor [Hirão] Edson, e outros que eram inteligentes, nobres e verdadeiros, achavam-se entre os que, expirado o tempo em 1844, buscavam a verdade como a tesouros escondidos. Reunia-me com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniram para estudar a Bíblia, a fim de que conhecessem seu sentido e estivessem preparados para ensiná-la com poder. Quando, em seu estudo, chegavam a ponto de dizerem: 'Nada mais podemos fazer', o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu era arrebatada em visão, e era-me dada uma clara explanação das passagens que estivéramos estudando, com instruções quanto à maneira em que devíamos trabalhar e ensinar eficientemente. Assim nos foi proporcionada luz que nos ajudou a compreender as passagens acerca de Cristo, Sua missão e sacerdócio. Foi-me tornada clara uma cadeia de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera. CS 10 3 "Durante todo tempo eu não podia compreender o arrazoamento dos irmãos. Minha mente estava por assim dizer fechada, e não podia compreender o sentido das passagens que estudávamos. Esta foi uma das maiores tristezas de minha vida. Fiquei neste estado de espírito até que nos fossem tornados claros todos os pontos principais de nossa fé, em harmonia com a Palavra de Deus. Os irmãos sabiam que, quando não em visão, eu não compreendia esses assuntos, e aceitaram como luz direta do Céu as revelações dadas." -- Mensagens Escolhidas 1:206, 207. CS 11 1 A compreensão de que Cristo havia entrado no lugar santíssimo do santuário celestial para iniciar a parte final de Seu ministério em nosso favor, tipificada no serviço do santuário observado por Israel no passado, inculcava solenidade ao coração de nossos pioneiros adventistas. As verdades eram tão claras, tão grandiosas, tão vitais, que era difícil o senso de que sobre eles pesava a responsabilidade de comunicar esta luz a outros. Ellen White escreveu sobre a certeza de sua posição: CS 11 2 "Temos de estar firmados na fé segundo a luz da verdade que nos foi dada em nossa primeira experiência. Naquele tempo, erro após erro procurava forçar entrada entre nós; ministros e doutores introduziam novas doutrinas. Nós investigávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se para esse fim grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro. CS 11 3 "Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações. Foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais, e do santuário, de modo que fomos colocados em posição onde a luz sobre nós resplandecia em raios claros e distintos. CS 11 4 "Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade, tal como a temos mantido por tantos anos." -- Obreiros Evangélicos, 302, 303. CS 11 5 Os pioneiros do advento viram a verdade do santuário como básica para toda a estruturação da doutrina dos adventistas do sétimo dia. Tiago White, em 1850, republicou as partes essenciais da primeira apresentação do assunto feita por O. R. L. Crosier, e comentou: CS 11 6 "O assunto do santuário deve ser cuidadosamente examinado, visto que relacionado com o fundamento de nossa fé e esperança." -- The Advent Review (número especial combinado). O santuário e o Sábado CS 12 1 Foi no conjunto de uma visão sobre o santuário celestial que a verdade do sábado foi confirmada na visão dada a Ellen White em 3 de Abril de 1847, no lar dos Howland em Topshan, Maine. Sobre isto ela escreve: CS 12 2 "Sentíamos um inusitado espírito de oração. E ao orarmos o Espírito Santo desceu sobre nós. Estávamos muito felizes. Logo perdi de vista as coisas terrestres e fui arrebatada em visão da glória de Deus. Vi um anjo que voava ligeiro para mim. Rápido levou-me da Terra para a Cidade Santa. Na cidade vi um templo no qual entrei. Passei por uma porta antes de chegar ao primeiro véu. Este véu foi erguido e eu entrei no lugar santo. Ali vi o altar de incenso, o castiçal com sete lâmpadas e a mesa com os pães da proposição. Depois de ter eu contemplado a glória do lugar santo, Jesus levantou o segundo véu e eu passei para o santo dos santos. CS 12 3 "No lugar santíssimo vi uma arca, cujo alto e lados eram do mais puro ouro. Em cada extremidade da arca havia um querubim com suas asas estendidas sobre ela. Tinham os rostos voltados um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos estava um incensário de ouro. Sobre a arca, onde estavam os anjos, havia o brilho de excelente glória, como se fora a glória do trono da habitação de Deus. Jesus estava junto à arca, e ao subirem a Ele as orações dos santos, a fumaça do incenso subia, e Ele oferecia Suas orações ao Pai com o fumo do incenso. Na arca estava a urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão que florescera e as tábuas de pedra que se fechavam como um livro. Jesus abriu-as, e eu vi os Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de Deus. Numa das tábuas havia quatro mandamentos e na outra seis. Os quatro da primeira tábua eram mais brilhantes que os seis da outra. Mas o quarto, o mandamento do sábado, brilhava mais que os outros; pois o sábado foi separado para ser guardado em honra do santo nome de Deus. O santo sábado tinha aparência gloriosa -- um halo de glória o circundava. Vi que o mandamento do sábado não fora pregado na cruz. Se tivesse sido, os outros nove mandamentos também o teriam, e estaríamos na liberdade de transgredi-los a todos, bem como o quarto mandamento. Vi que Deus não havia mudado o sábado, pois Ele jamais muda." -- Primeiros Escritos, 32, 33. A verdade do santuário sob fogo CS 13 1 Conquanto os que estavam ali vissem claramente os inegáveis reclamos da lei de Deus e começassem a observar o sábado do sétimo dia como indicado na lei de Deus, encontraram forte oposição. Sobre isto, e as razões para tanto, Ellen White explica: CS 13 2 "Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial." -- O Grande Conflito, 434. CS 13 3 Não é muito de admirar que nos anos subseqüentes, pessoas que se haviam separado da Igreja Adventista do Sétimo Dia tenham feito da verdade do santuário um ponto de oposição. Foi assim com os Pastores Snook e Brinkerhof, funcionários do escritório do campo em Iowa, e com D. M. Canright, influente ministro, que deixou a Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1887 para se tornar amargo inimigo e crítico. Nem é de estranhar que idéias panteísticas por volta do século, esposadas e advogadas por médicos e obreiros ministeriais, ferissem diretamente esta doutrina fundamental. Foi neste quadro que Ellen White, em palavras de advertência, escreveu em 20 de Novembro de 1905: CS 13 4 "Aos médicos missionários e ministros que têm estado a beber nos sofismas científicos e enfeitiçantes fábulas contra os quais tendes sido advertidos, eu gostaria de dizer: Vossa alma está em perigo. O mundo precisa saber qual a vossa posição e qual a posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Deus chama os que aceitaram estes enganos destruidores da alma a que não mais mantenham duas posições. Se o Senhor é Deus, segui-O. CS 13 5 "Satanás, com toda a sua hoste, está no campo de batalha. Os soldados de Cristo devem agora se reunir em torno da bandeira ensanguentada de Emanuel. Em nome do Senhor, deixai a bandeira negra do príncipe das trevas, e assumi vossa posição com o Príncipe do Céu. CS 13 6 "'O que tem ouvidos para ouvir, ouça. Lede vossa Bíblia. De um terreno mais alto, sob a instrução que Deus me deu, apresento estas coisas diante de vós. Está próximo o tempo em que os poderes enganadores de instrumentalidades satânicas serão amplamente desenvolvidos. De um lado está Cristo, a quem foi dado todo o poder no Céu e na Terra. Do outro está Satanás, exercendo continuamente seu poder para iludir, para enganar com fortes sofismas espiritualísticos, para remover o povo de Deus do lugar que deve ocupar na mente dos homens. CS 14 1 "Satanás está continuamente se esforçando no sentido de introduzir fantasiosas suposições com relação ao santuário, rebaixando as maravilhosas representações de Deus e do ministério de Cristo para nossa salvação e coisas que satisfaçam a mente carnal. Ele remove do coração dos crentes o dominante poder desta verdade e supre o lugar com teorias fantásticas inventadas para tornar nulas as verdades da expiação, e destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido como sagradas desde que foi dada a mensagem do terceiro anjo. Assim ele nos rouba em nossa fé na própria mensagem que nos tornou um povo separado, e deu caracterização e poder a nossa obra." -- Special Testimonies, Série B, 7:16, 17. CS 14 2 Foi na moldura desta crise panteística que Ellen White, presente à reunião da Associação Geral em 1905, declarou em palavras significativas para nós hoje: CS 14 3 "No futuro, engano de toda espécie está para surgir, e precisamos de terreno firme para nossos pés. Queremos colunas sólidas para a edificação. Nem um só alfinete deve ser removido daquilo que o Senhor estabeleceu. O inimigo introduzirá falsas teorias, tais como a doutrina de que não existe santuário. Este é um dos pontos em relação ao qual haverá um desviamento da fé. Onde encontraremos segurança senão nas verdades que o Senhor nos deu nos últimos cinqüenta anos?" -- Counsels to Writers and Editors, 53. CS 14 4 Os pontos de vista panteísticos, tão ardorosamente advogados por alguns, declarou Ellen White, "poriam a Deus fora" (Special Testimonies, Série B, 7:16), e invalidariam a verdade do santuário. CS 14 5 Cerca do mesmo tempo um de nossos ministros, a quem identificaremos como o "Pastor G", abraçou a idéia de que quando Cristo voltou para o Céu após Seu ministério na Terra, entrou à presença de Deus, e que onde Deus está, deve estar o lugar santíssimo, de modo que em 22 de Outubro de 1844, não houve a entrada no lugar santíssimo do santuário celestial, como cremos e ensinamos. Estes dois conceitos, ambos os quais feriam a doutrina do santuário como a mantemos, levaram Ellen White a se referir várias vezes à solidez e integridade deste ponto de nossa fé. Em 1904 ela escreveu: CS 15 1 "Eles [os filhos de Deus], quer por palavras quer por atos, não levarão ninguém a duvidar em relação à distinta personalidade de Deus, ou em relação ao santuário e seu ministério. CS 15 2 "Todos precisamos conservar em mente o assunto do santuário. Deus nos livre de que o estardalhaço de palavras vindas de lábios humanos debilitem a crença de nosso povo na verdade de que existe um santuário no Céu, e que um santuário segundo este modelo foi uma vez construído na Terra. Deus deseja que Seu povo se familiarize com este modelo, tendo sempre em sua mente o santuário celestial, onde Deus é tudo em todos. Devemos ter nossa mente ancorada pela oração e o estudo da Palavra de Deus, para que possamos agarrar estas verdades." -- Carta 233, 1904. Pontos sustentados apenas Pelo uso errôneo das Escrituras CS 15 3 Escrevendo particularmente a respeito do trabalho do "Pastor G" em minar a confiança na verdade do santuário, Ellen White pôs em destaque em 1905 o uso malsão que ele fazia da evidência escriturística e da certeza de nossa compreensão da verdade do santuário. Eis o que ela disse: CS 15 4 "Tenho estado a suplicar ao Senhor força e sabedoria para reproduzir os escritos das testemunhas que foram confirmadas na fé e na primitiva história da mensagem. Depois de passar o tempo em 1844, eles receberam a luz e andaram na luz, e quando os homens que pretendiam possuir novo esclarecimento vinham com suas maravilhosas mensagens acerca de vários pontos da Escritura, tínhamos, pela atuação do Espírito Santo, testemunhos bem definidos, que excluíam a influência de mensagens como as que o Pastor G tem devotado o tempo a apresentar. Esse pobre homem tem estado a trabalhar decididamente contra a verdade confirmada pelo Espírito Santo. CS 15 5 "Quando o poder de Deus testifica daquilo que é verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas nenhumas suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles são verdade, mas que não o são. Deu-nos Deus a verdade para este tempo como um fundamento para nossa fé. Ele próprio nos ensinou o que é a verdade. Aparecerá um, e ainda outro, com nova iluminação, que contradiz aquela que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito. Vivem ainda alguns que passaram pela experiência obtida quando esta verdade foi firmada. Deus lhes tem benignamente poupado a vida para repetir, e repetir até ao fim da existência a experiência por que passaram da mesma maneira que o fez o apóstolo João até ao termo de sua vida. E os porta-bandeiras que tombaram na morte devem falar mediante a reimpressão de seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este tempo. CS 16 1 "Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em contradição com os pontos especiais de nossa fé. Eles reúnem uma porção de passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isto tem sido repetidamente feito durante os cinquenta anos passados. E se bem que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, e devam ser respeitadas, sua aplicação, uma vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus estes cinquenta anos, constitui grande erro. Aquele que faz tal aplicação ignora a maravilhosa demonstração do Espírito Santo que deu poder e força às mensagens passadas, vindas ao povo de Deus. CS 16 2 "As provas do Pastor G não são de confiar. Caso sejam recebidas, destruirão a fé do povo de Deus na verdade que fez de nós o que somos. CS 16 3 "Importa que sejamos decididos quanto a esse assunto; pois os pontos que ele tem estado procurando provar pelas Escrituras não são seguros. Não provam que a experiência passada do povo de Deus fosse enganosa. Tínhamos a verdade; éramos dirigidos pelos anjos de Deus. Foi sob a direção do Espírito Santo que a apresentação do assunto do santuário foi proporcionada. É eloquência da parte de cada um manter-se em silêncio a respeito dos aspectos de nossa fé em que não desempenhou qualquer parte. Deus nunca Se contradiz. São mal aplicadas provas escriturísticas, uma vez que sejam forçadas para testificar daquilo que não é verdadeiro. Outros e mais outros se levantarão e introduzirão pseudo grande esclarecimento, e farão suas afirmações. Nós, porém, permanecemos com os velhos marcos." -- Mensagens Escolhidas 1:160-162. Afirmada a real existência do santuário celestial CS 17 1 Repetidamente encontramos nos escritos de Ellen G. White afirmações sobre a realidade do santuário celestial, seu mobiliário, bem como seu ministério. Uma destas afirmações foi escrita na década de 1880, ao descrever ela a experiência dos crentes no advento após o desapontamento: CS 17 2 "Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram 'figuras das coisas que estão no Céu'; Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é 'ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem." -- Patriarcas e Profetas, 369. CS 17 3 "O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma cópia. ... CS 17 4 "O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o trono de Deus." -- O Grande Conflito, 412, 413. CS 17 5 "Assim como o santuário na Terra tinha dois compartimentos: o santo e o santíssimo, assim há dois lugares santos no santuário no Céu. E a arca contendo a lei de Deus, o altar de incenso e outros instrumentos de serviço encontrados no santuário terrestre têm seu equivalente no santuário lá do alto. Em santa visão permitiu-se que o apóstolo João entrasse no Céu, e ele contemplou ali o candelabro e o altar de incenso, e, quando se abriu o templo de Deus, ele contemplou também 'a arca do Seu concerto'". Apocalipse 4:5; 8:3; 11:19. -- The Spirit of Prophecy 4:260, 261. CS 17 6 "Assim, os que estavam a estudar o assunto encontraram prova indiscutível da existência de um santuário no Céu. Moisés fez o santuário terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado. Paulo ensina que aquele modelo era o verdadeiro santuário que está no Céu. E João dá testemunho de que o viu no Céu." -- O Grande Conflito, 413, 414. CS 18 1 Antes ela havia escrito com ênfase sobre o mobiliário: CS 18 2 "Foi-me também mostrado um santuário sobre a Terra, contendo dois compartimentos. Parecia-se com o do Céu, e foi-me dito que era uma figura do celestial. O aparelhamento do primeiro compartimento do santuário terrestre era semelhante ao do primeiro compartimento do celestial. O véu ergueu-se e eu olhei para o santo dos santos, e vi que os aprestos eram os mesmos do lugar santíssimo do santuário celestial." -- Primeiros Escritos, 252, 253. A arca e a lei no santuário celestial CS 18 3 Em diferentes ocasiões ela falou e escreveu sobre a arca no lugar santíssimo do santuário celestial. Uma dessas afirmações foi feita em um sermão pregado em Orebro, Suécia, em 1886. CS 18 4 "Eu vos admoesto, não coloqueis vossa influência contra os mandamentos de Deus. A lei é tal como Jeová a escreveu no templo do Céu. O homem pode pisar sobre sua cópia aqui na Terra, mas o original está guardado na arca de Deus no Céu; e sobre a cobertura desta arca, logo abaixo da lei, está o propiciatório. Jesus permanece justo ali, perante a arca, para mediar em favor do homem." -- The S.D.A. Bible Commentary 1:1109. CS 18 5 E em 1903 de novo ela escreveu sobre a real existência do santuário: CS 18 6 "Muito eu poderia dizer sobre o santuário; a arca contém a lei de Deus; a cobertura da arca, que é o propiciatório; os anjos em ambas as extremidades da arca; e outras coisas relacionadas com o santuário celestial e com o grande dia da expiação. Eu poderia dizer muito sobre os mistérios do Céu, mas meus lábios estão fechados. Não tenho disposição para procurar descrevê-los." -- Carta 253, 1903. Enganos dos últimos dias não envolverão a verdade vital CS 18 7 É claro que nosso adversário, Satanás, procurará abalar a fé do povo de Deus na doutrina do Santuário nestes "últimos dias". Ellen White escreveu: CS 18 8 "O Salvador predisse que nos últimos dias apareceriam falsos profetas, e atrairiam os discípulos após si; e também que os que neste tempo de perigo permanecessem fiéis à verdade que está especificada no livro de Apocalipse, teriam de enfrentar erros doutrinários tão especiosos que, se possível, enganariam os próprios escolhidos. CS 19 1 "Deus apreciaria que todo sentimento de fidelidade prevalecesse. Satanás pode habilmente disputar o jogo da vida com muitas almas, e ele age do modo mais furtivo e enganador a fim de espoliar a fé do povo de Deus e desencorajá-lo. ... Ele opera hoje como operou no Céu -- dividir o povo de Deus justo nesta última fase da história da Terra. Procura criar dissensões e despertar contenda e discussões, e remover, se possível, os velhos marcos da verdade entregue ao povo de Deus. Ele procura fazer parecer como se o Senhor Se contradissesse a Si mesmo. CS 19 2 "É quando Satanás aparece como anjo de luz que ele apanha as almas em seu laço, enganando-as. Homens que pretendem ter sido ensinados por Deus, adotarão teorias falsas, e em seu ensino adornarão essas teorias de modo a introduzirem enganos satânicos. Assim Satanás será apresentado como anjo de luz, e terá a oportunidade de mostrar suas agradáveis fábulas. CS 19 3 "Esses falsos profetas terão de ser enfrentados. Eles farão esforço para enganar a muitos, levando-os a aceitar falsas teorias. Muitos textos bíblicos serão mal aplicados de tal modo que teorias enganadoras parecerão ser baseadas na palavra que Deus proferiu. A preciosa verdade será trabalhada de modo que fortaleça e confirme o erro. Esses falsos profetas, que pretendem ser ensinados por Deus, tomarão belos textos que foram dados para adornar a verdade, e os usarão como manto de justiça para cobrir teorias falsas e perigosas. E mesmo alguns dos que em tempos passados honraram ao Senhor, afastar-se-ão da verdade a ponto de advogar teorias extraviadoras referentes a muitos aspectos da verdade, inclusive a questão do santuário." -- Manuscrito 11, 1906. (Destaque suprido.) CS 19 4 Poucas semanas mais tarde ela acrescentou estas palavras sobre a importância de uma correta compreensão desta verdade: CS 19 5 "Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade, tal como a temos mantido por tantos anos. O inimigo é que desvia os espíritos para atalhos ao lado. Ele folga quando os que conhecem a verdade se absorvem em coligir textos escriturísticos para amontoar em torno de teorias errôneas, sem fundamento na verdade. As passagens bíblicas assim usadas, são mal aplicadas; não foram dadas para corroborar o erro, mas para robustecer a verdade." -- Obreiros Evangélicos, 303. Com os olhos fixos no santuário CS 19 6 Em tempo algum devemos perder de vista a importante obra que está sendo feita em nosso favor no santuário do Céu. Somos admoestados: CS 20 1 "Como povo, devemos ser estudantes diligentes da profecia; não devemos sossegar sem que entendamos claramente o assunto do santuário, apresentado nas visões de Daniel e de João. Este assunto verte muita luz sobre nossa atitude e nossa obra atual, e dá-nos prova irrefutável de que Deus nos dirigiu em nossa experiência passada. Explica nosso desapontamento de 1844, mostrando-nos que o santuário a ser purificado não era a Terra, como supuséramos, mas que Cristo entrou então no lugar santíssimo do santuário celestial, e ali está realizando a obra final de Sua missão sacerdotal, em cumprimento das palavras do anjo, comunicadas ao profeta Daniel: 'Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.' CS 20 2 "Nossa fé no tocante às mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos era correta. Os grandes marcos pelos quais passamos são inamovíveis. Conquanto as hostes do inferno intentem derrubá-las de seu fundamento, e exultar ao pensamento de que tiveram êxito, não atingirão o seu objetivo. Estes esteios da verdade permanecem tão incólumes quanto os montes eternos, impassíveis ante todos os esforços combinados dos homens e de Satanás e suas hostes. Muito podemos aprender, e devemos estar constantemente pesquisando as Escrituras para ver se estas coisas são assim. Deve o povo de Deus ter agora os olhos fixos no santuário celestial, onde se está processando a ministração final de nosso grande Sumo Sacerdote na obra do juízo -- e onde está intercedendo por Seu povo." -- Evangelismo, 222, 223. Este pequeno livro CS 20 3 Com exceção de umas poucas notas de rodapé e as perguntas para estudo que se encontram no fim de cada capítulo, todo o material que se segue é exclusivamente da pena de Ellen G. White e consiste especialmente em capítulos extraídos de Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito, com algum material mais de ligação, tirados de diferentes escritos já publicados de Ellen G. White. Em cada caso é indicada a fonte. Como muitos leitores terão à mão os livros de Ellen G. White, pareceu-nos desnecessário, em vista da desejável brevidade, incluir aqui porções de capítulos não imediatamente relevantes para o assunto: Cristo em Seu Santuário. -- Os Responsáveis pelo Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 2 -- Cristo no sistema sacrifical CS 21 1 O pecado de nossos primeiros pais acarretou a culpa e a tristeza sobre o mundo, e se não fora a bondade e misericórdia de Deus, teria mergulhado a raça humana em irremediável desespero. -- Patriarcas e Profetas, 55. CS 21 2 A queda do homem encheu o Céu todo de tristeza. O mundo que Deus fizera estava deslustrado pela maldição do pecado, e habitado por seres condenados à miséria e morte. Não parecia haver meio pelo qual pudessem escapar os que tinham transgredido a lei. ... CS 21 3 Entretanto o amor divino havia concebido um plano pelo qual o homem poderia ser remido. A lei de Deus, quebrantada, exigia a vida do pecador. Em todo o Universo não havia senão um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer as suas reivindicações. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Deus poderia fazer expiação por sua transgressão. -- Patriarcas e Profetas, 57. CS 21 4 Para o homem, a primeira indicação de redenção foi dada na sentença pronunciada sobre Satanás, no jardim. Declarou o Senhor: "Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente: esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar." Gênesis 3:15. Esta sentença, proferida aos ouvidos de nossos primeiros pais, foi para eles uma promessa. Ao mesmo tempo em que predizia guerra entre o homem e Satanás, declarava que o poder do grande adversário finalmente seria quebrado. ... Posto que devessem sofrer pelo poder de seu forte adversário, poderiam olhar no futuro para a vitória final. -- Patriarcas e Profetas, 61. CS 22 1 Anjos celestiais de maneira mais ampla patentearam a nossos primeiros pais o plano que fora concebido para sua salvação. Afirmou-se a Adão e sua companheira que, apesar de seu grande pecado, não seriam eles abandonados ao domínio de Satanás. O Filho de Deus Se oferecera, para expiar, com Sua própria vida, a transgressão deles. Um período de graça lhes seria concedido e, mediante o arrependimento e a fé em Cristo, poderiam de novo tornar-se filhos de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 62. O caráter sagrado da lei de Deus CS 22 2 O sacrifício exigido por sua transgressão, revelava a Adão e Eva o caráter sagrado da lei de Deus; e viram, como nunca antes o fizeram, a culpabilidade do pecado, e seus funestos resultados. -- Ibidem. CS 22 3 A lei de Deus já existia antes que o homem fosse criado. Os anjos eram governados por ela. Satanás caiu porque transgrediu os princípios do governo de Deus. Depois que Adão e Eva foram criados, Deus lhes fez conhecida Sua lei. Ela não foi escrita então, mas repetida a eles por Jeová. ... CS 22 4 Após o pecado e queda de Adão, nada foi tirado da lei de Deus. Os princípios dos Dez Mandamentos existiam antes da queda, e eram de caráter adequado à condição de uma ordem de seres santos. -- The Spirit of Prophecy 1:261. CS 22 5 Os princípios foram mais explicitamente afirmados perante o homem depois da queda, e expressos de molde a enfrentar o caso de inteligências caídas. Isto foi necessário em virtude de ter a mente humana ficado cegada pela transgressão. -- The Signs of the Times, 15 de Abril de 1875. CS 22 6 Foi estabelecido então um sistema que requeria o sacrifício de animais, para que se mantivesse diante do homem caído aquilo que a serpente fizera Eva descrer: que a penalidade para a desobediência é a morte. A transgressão da lei de Deus tornou necessário que Cristo morresse como sacrifício, possibilitando assim ao homem escapar da penalidade, sendo ainda preservada a honra da lei de Deus. O sistema de sacrifícios devia ensinar ao homem a humildade, em vista de sua caída condição, e levá-lo a arrepender-se e a confiar em Deus somente, mediante o prometido Redentor, para o perdão de anterior transgressão da lei. -- The Spirit of Prophecy 1:261, 262. CS 23 1 O próprio sistema de sacrifícios foi planejado por Cristo, e dado a Adão como típico de um Salvador por vir. -- The Signs of the Times, 15 de Julho de 1880. O homem oferece seu primeiro sacrifício CS 23 2 Para Adão, a oferta do primeiro sacrifício foi uma cerimônia dolorosíssima. Sua mão deveria erguer-se para tirar a vida, a qual unicamente Deus podia dar. Foi a primeira vez que testemunhava a morte, e sabia que se ele tivesse sido obediente a Deus não teria havido morte de homem ou animal. Ao matar a inocente vítima, tremeu com o pensamento de que seu pecado deveria derramar o sangue do imaculado Cordeiro de Deus. Esta cena deu-lhe uma intuição mais profunda e vívida da grandeza de sua transgressão, que coisa alguma a não ser a morte do amado Filho de Deus poderia expiar. E maravilhou-se com a bondade infinita que daria tal resgate para salvar o culpado. Uma estrela de esperança iluminou o futuro tenebroso e terrível, e o aliviou de sua desolação total. -- Patriarcas e Profetas, 64. CS 23 3 A Adão foi ordenado que ensinasse a seus descendentes o temor do Senhor, e, por seu exemplo e humilde obediência, levá-los a considerar altamente as ofertas que tipificavam um Salvador que devia vir. Adão cuidadosamente entesourou o que Deus lhe havia revelado, e de forma oral transmitiu-o a seus filhos e aos filhos de seus filhos. -- The Spirit of Prophecy 1:59. CS 23 4 Na porta do Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória de Deus, e para ali vinham os primeiros adoradores. Ali erguiam os seus altares, e apresentavam suas ofertas. -- Patriarcas e Profetas, 80. CS 23 5 Na oferta sacrifical sobre cada altar era visto um Redentor. Com a nuvem de incenso, subia de cada coração contrito a oração de que Deus aceitasse sua oferta como demonstração de fé no Salvador por vir. -- The Review and Herald, 2 de Março de 1886. CS 23 6 O sistema sacrifical, entregue a Adão, foi ... pervertido por seus descendentes. Superstição, idolatria, crueldade e licenciosidade, corrompiam o serviço simples e significativo que Deus instituíra. Mediante o prolongado trato com os idólatras, o povo de Israel misturara com seu culto muitos costumes gentílicos; portanto o Senhor lhes deu no Sinai instruções definidas com relação ao serviço sacrifical. -- Patriarcas e Profetas, 378, 379. ------------------------Capítulo 3 -- O santuário celestial em miniatura CS 25 1 Foi comunicada a Moisés, enquanto se achava no monte com Deus, esta ordem: "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8), e foram dadas instruções completas para a construção do tabernáculo. Em virtude de sua apostasia, os israelitas ficaram despojados da bênção da presença divina, e por algum tempo impossibilitaram a ereção de um santuário para Deus, entre eles. Mas, depois de novamente haverem sido recebidos no favor do Céu, o grande chefe procedeu à execução do mando divino. CS 25 2 Homens escolhidos foram especialmente dotados por Deus de habilidade e sabedoria para a construção do sagrado edifício. O próprio Deus deu a Moisés o plano daquela estrutura, com instruções específicas quanto ao seu tamanho e forma, materiais a serem empregados, e cada peça que fazia parte do aparelhamento que deveria a mesma conter. Os lugares santos, feitos a mão, deveriam ser "figura do verdadeiro", "figuras das coisas que estão no Céu" (Hebreus 9:24, 23) -- uma representação em miniatura do templo celestial, onde Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, depois de oferecer Sua vida em sacrifício, ministraria em prol do pecador. Deus expôs perante Moisés, no monte, um aspecto do santuário celestial, e mandou-lhe fazer todas as coisas de acordo com o modelo a ele mostrado. Todas estas instruções foram cuidadosamente registradas por Moisés, que as comunicou aos chefes do povo. CS 26 1 Para a edificação do santuário, grandes e dispendiosos preparativos eram necessários; grande quantidade dos materiais mais preciosos e caros era exigida; todavia o Senhor apenas aceitava ofertas voluntárias. "De todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta" (Êxodo 25:2), foi a ordem divina repetida por Moisés à congregação. A devoção a Deus e o espírito de sacrifício eram os primeiros requisitos ao preparar-se uma morada para o Altíssimo. CS 26 2 Todo o povo correspondeu unanimemente. "E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para os vestidos santos. E assim vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração: trouxeram fivelas, e pendentes, e anéis, e braceletes, todo o vaso de ouro; e todo o homem oferecia oferta de ouro ao Senhor." Êxodo 35:21, 22. CS 26 3 "E todo o homem que se achou com azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles de texugos, os trazia; todo aquele que oferecia oferta alçada de prata ou de metal, a trazia por oferta alçada ao Senhor: e todo aquele que se achava com madeira de setim, a trazia para toda a obra do serviço. CS 26 4 "E todas as mulheres sábias de coração fiavam com as suas mãos, e traziam o fiado, o azul e a púrpura, o carmesim, e o linho fino. E todas as mulheres, cujo coração as moveu em sabedoria, fiavam os pêlos das cabras. E os príncipes traziam pedras sardônicas, e pedras de engastes para o éfode e para o peitoral, e especiarias, e azeite para a luminária, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático." Êxodo 35:23-28. CS 26 5 Enquanto a construção do santuário estava em andamento, o povo, velhos e jovens -- homens, mulheres e crianças -- continuou a trazer suas ofertas até que aqueles que tinham a seu cargo o trabalho acharam que tinham o suficiente, e mesmo mais do que se poderia usar. E Moisés fez com que se proclamasse por todo o acampamento: "Nenhum homem nem mulher faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais." Êxodo 36:6. As murmurações dos israelitas e as visitações dos juízos de Deus por causa de seus pecados, estão registradas como advertência às gerações posteriores. E sua devoção, zelo e liberalidade, são um exemplo digno de imitação. Todos os que amam o culto a Deus, e prezam as bênçãos de Sua santa presença, manifestarão o mesmo espírito de sacrifício ao preparar-se uma casa onde Ele possa encontrar-Se com eles. Desejarão trazer ao Senhor uma oferta do melhor que possuem. Uma casa construída para Deus não deve ser deixada em dívida, pois desta maneira Ele é desonrado. Uma porção suficiente para realizar o trabalho deve ser dada livremente, a fim de que os operários digam: ... "Não tragais mais ofertas." O tabernáculo e sua construção CS 27 1 O tabernáculo foi construído de tal maneira que podia ser todo desmontado e levado com os israelitas em todas as suas jornadas. Era, portanto, pequeno, não tendo mais de vinte metros de comprimento, e seis de largura e altura. Contudo, era uma estrutura magnificente. A madeira empregada para a edificação e seu aparelhamento era a acácia, menos sujeita a arruinar-se do que qualquer outra que se podia obter no Sinai. As paredes consistiam em tábuas verticais colocadas em encaixes de prata, e mantidas firmemente por colunas e barras que as ligavam; e todas estavam cobertas de ouro, dando ao edifício a aparência de ouro maciço. O teto era formado de quatro jogos de cortinas sendo a mais interior de "linho fino torcido, e azul, púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada" (Êxodo 26:1); as outras três eram respectivamente de pêlo de cabras, pele de carneiro tingida de vermelho, e pele de texugo, dispostas de tal maneira que proporcionassem proteção completa. CS 27 2 O edifício era dividido em dois compartimentos por uma rica e linda cortina, ou véu, suspensa de colunas chapeadas de ouro; e um véu semelhante fechava a entrada ao primeiro compartimento. Estes véus, como a cobertura interior que formava o teto, eram das mais belas cores, azul, púrpura e escarlata, lindamente dispostas, ao mesmo tempo que trabalhados a fios de ouro e prata havia neles querubins para representarem a hoste angélica, que se acha em conexão com o trabalho do santuário celestial, e são espíritos ministradores ao povo de Deus na Terra. CS 27 3 A tenda sagrada ficava encerrada em um espaço descoberto chamado o pátio, que estava rodeado de cortinas ou anteparos, de linho fino, suspensos de colunas de cobre. A entrada para este recinto ficava na extremidade oriental. Era fechado com cortinas de custoso material e bela confecção, se bem que inferiores às do santuário. Sendo os anteparos do pátio apenas da metade da altura das paredes do tabernáculo aproximadamente, o edifício podia ser perfeitamente visto pelo povo do lado de fora. No pátio, e bem perto da entrada, achava-se o altar de cobre para as ofertas queimadas, ou holocaustos. Sobre este altar eram consumidos todos os sacrifícios feitos com fogo ao Senhor, e os seus cornos eram aspergidos com o sangue expiatório. Entre o altar e a porta do tabernáculo, estava o lavadouro, que também era de cobre, feito dos espelhos que tinham sido ofertas voluntárias das mulheres de Israel. No lavadouro os sacerdotes deveriam lavar as mãos e os pés sempre que entravam nos compartimentos sagrados ou se aproximavam do altar para oferecerem uma oferta queimada ao Senhor. CS 28 1 No primeiro compartimento, ou lugar santo, estavam a mesa dos pães da proposição, o castiçal ou candelabro, e o altar de incenso. A mesa com os pães da proposição ficava do lado do norte. Com a sua coroa ornamental, era ele coberto de ouro puro. Sobre esta mesa os sacerdotes deviam cada sábado colocar doze pães, dispostos em duas colunas, e aspergidos com incenso. Os pães que eram removidos, sendo considerados santos, deviam ser comidos pelos sacerdotes. Do lado do sul estava o castiçal de sete ramos, com as suas sete lâmpadas. Seus ramos eram ornamentados com flores artisticamente trabalhadas, semelhantes a lírios, e o todo era feito de uma peça de ouro maciço. Não havendo janelas no tabernáculo, nunca ficavam apagadas todas as lâmpadas a um tempo, mas espargiam sua luz dia e noite. Precisamente diante do véu que separava o lugar santo do santíssimo e da presença imediata de Deus, achava-se o áureo altar de incenso. Sobre este altar o sacerdote devia queimar incenso todas as manhãs e tardes; seus cornos eram tocados com o sangue da oferta para o pecado, e era aspergido com sangue no grande dia de expiação. O fogo neste altar era aceso pelo próprio Deus, e conservado de maneira sagrada. Dia e noite o santo incenso difundia sua fragrância pelos compartimentos sagrados, e fora, longe, em redor do tabernáculo. CS 28 2 Além do véu interior estava o santo dos santos, onde se centralizava o serviço simbólico da expiação e intercessão, e que formava o elo de ligação entre o Céu e a Terra. Neste compartimento estava a arca, uma caixa feita de acácia, coberta de ouro por dentro e por fora, e tendo uma coroa de ouro em redor de sua parte superior. Fora feita para ser o receptáculo das tábuas de pedra, sobre as quais o próprio Deus escrevera os Dez Mandamentos. Daí o ser ela chamada a arca do testemunho de Deus, ou a arca do concerto, visto que os Dez Mandamentos foram a base do concerto feito entre Deus e Israel. CS 29 1 A cobertura da caixa sagrada chamava-se propiciatório. Este era feito de uma peça inteiriça de ouro, e encimado por querubins do mesmo metal, ficando um de cada lado. Uma asa de cada anjo estendia-se ao alto, enquanto a outra estava fechada sobre o corpo em sinal de reverência e humildade. Vede Ezequiel 1:11. A posição dos querubins, tendo o rosto voltado um para o outro, e olhando reverentemente abaixo para a arca, representava a reverência com que a hoste celestial considera a lei de Deus, e seu interesse no plano da redenção. CS 29 2 Acima do propiciatório estava o shekinah, manifestação da presença divina; e dentre os querubins Deus tornava conhecida a Sua vontade. Mensagens divinas às vezes eram comunicadas ao sumo sacerdote por uma voz da nuvem. Algumas vezes uma luz caía sobre o anjo à direita, para significar a aprovação ou aceitação; ou uma sombra ou nuvem repousava sobre o que ficava ao lado esquerdo, para revelar reprovação ou rejeição. CS 29 3 A lei de Deus, encerrada na arca, era a grande regra de justiça e juízo. Aquela lei sentenciava a morte ao transgressor; mas acima da lei estava o propiciatório, sobre o qual se revelava a presença de Deus, e do qual, em virtude da obra expiatória, se concedia o perdão ao pecador arrependido. Assim na obra de Cristo pela nossa redenção, simbolizada pelo ritual do santuário, "a misericórdia e a verdade se encontraram: a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. CS 29 4 Nenhuma linguagem pode descrever a glória do cenário apresentado dentro do santuário -- as paredes chapeadas de ouro que refletiam a luz do áureo castiçal, os brilhantes matizes das cortinas ricamente bordadas com seus resplendentes anjos, a mesa e o altar de incenso, brilhante pelo ouro; além do segundo véu a arca sagrada, com os seus querubins místicos, e acima dela o santo shekinah, manifestação visível da presença de Jeová; tudo não era senão um pálido reflexo dos esplendores do templo de Deus no Céu, o grande centro da obra pela redenção do homem. CS 29 5 Um espaço de tempo, de aproximadamente meio ano foi ocupado na construção do tabernáculo. Quando este se completou, Moisés examinou toda a obra dos construtores, comparando-a com o modelo a ele mostrado no monte, e com as instruções que de Deus recebera. "Como o Senhor a ordenara, assim a fizeram: então Moisés os abençoou." Êxodo 39:43. Com ávido interesse as multidões de Israel juntaram-se em redor para ver a estrutura sagrada. Enquanto estavam a contemplar aquela cena com satisfação reverente, a coluna de nuvem pairou sobre o santuário e, descendo, envolveu-o. "E a glória do Senhor encheu o tabernáculo." Êxodo 40:34. Houve uma revelação da majestade divina, e por algum tempo mesmo Moisés não pôde entrar ali. Com profunda emoção o povo viu a indicação de que a obra de suas mãos fora aceita. Não houve ruidosas manifestações de regozijo. Temor solene repousava sobre todos. Mas sua alegria de coração transbordou em lágrimas de gozo, e murmuravam em voz baixa ardorosas palavras de gratidão de que Deus houvesse condescendido em habitar com eles. Os sacerdotes e suas vestimentas CS 30 1 Por determinação divina a tribo de Levi foi separada para o serviço do santuário. Nos tempos primitivos cada homem era o sacerdote de sua própria casa. Nos dias de Abraão o sacerdócio era considerado direito de primogenitura do filho mais velho. Agora, em lugar dos primogênitos de todo o Israel, o Senhor aceitou a tribo de Levi para a obra do santuário. Por meio desta honra distinta manifestou Ele Sua aprovação à fidelidade da mesma, tanto por aderir ao Seu serviço como por executar Seus juízos quando Israel apostatou com o culto ao bezerro de ouro. O sacerdócio, todavia, ficou restrito à família de Arão. A este e seus filhos, somente, permitia-se ministrar perante o Senhor; o resto da tribo estava encarregada do cuidado do tabernáculo e de seu aparelhamento, e deveria auxiliar os sacerdotes em seu ministério, mas não deveria sacrificar, queimar incenso, ou ver as coisas sagradas antes que estivessem cobertas. CS 30 2 De acordo com as suas funções, foi indicada ao sacerdote uma veste especial. "Farás vestidos santos a Arão teu irmão, para glória e ornamento" (Êxodo 28:2) -- foi a instrução divina a Moisés. A veste do sacerdote comum era de linho alvo, e tecida em uma só peça. Estendia-se até quase os pés, e prendia-se à cintura por um cinto branco de linho, bordado de azul, púrpura e vermelho. Um turbante de linho, ou mitra, completava seu traje exterior. A Moisés, perante a sarça ardente, foi determinado que tirasse as sandálias, porque a terra em que estava era santa. Semelhantemente os sacerdotes não deveriam entrar no santuário com sapatos nos pés. Partículas de pó que a eles se apegavam, profanariam o lugar santo. Deviam deixar os sapatos no pátio, antes de entrarem no santuário, e também lavar tanto as mãos como os pés, antes de ministrarem no tabernáculo, ou no altar dos holocaustos. Desta maneira ensinava-se constantemente a lição de que toda a contaminação devia ser removida daqueles que se aproximavam da presença de Deus. CS 31 1 As vestes do sumo sacerdote eram de custoso material e de bela confecção, em conformidade com a sua elevada posição. Em acréscimo ao traje de linho do sacerdote comum, usava uma vestimenta de azul, também tecida em uma única peça. Ao longo das fímbrias era ornamentada com campainhas de ouro, e romãs de azul, púrpura e escarlate. Por sobre isto estava o éfode, uma vestidura mais curta, de ouro, azul, púrpura, escarlate e branco. Era preso por um cinto das mesmas cores, belamente trabalhado. O éfode não tinha mangas, e em suas ombreiras bordadas de ouro achavam-se colocadas duas pedras de ônix, que traziam os nomes das doze tribos de Israel. CS 31 2 Sobre o éfode estava o peitoral, a mais sagrada das vestimentas sacerdotais. Este era do mesmo material que o éfode. Era de forma quadrada, media um palmo, e estava suspenso dos ombros por um cordão de azul, por meio de argolas de ouro. As bordas eram formadas de uma variedade de pedras preciosas, as mesmas que formam os doze fundamentos da cidade de Deus. Dentro das bordas havia doze pedras engastadas de ouro, dispostas em fileiras de quatro, e como as das ombreiras, tendo gravados os nomes das tribos. As instruções do Senhor foram: "Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente." Êxodo 28:29. Assim Cristo, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando com Seu sangue diante do Pai, em prol do pecador, traz sobre o coração o nome de toda alma arrependida e crente. Diz o salmista: "Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim." Salmos 40:17. O Urim e Tumim CS 31 3 À direita e à esquerda do peitoral havia duas grandes pedras de grande brilho. Estas eram conhecidas por Urim e Tumim. Por meio delas fazia-se saber a vontade de Deus pelo sumo sacerdote. Quando se traziam perante o Senhor questões para serem decididas, uma auréola de luz que rodeava a pedra preciosa à direita, era sinal do consentimento ou aprovação divina, ao passo que uma nuvem que ensombrava a pedra à esquerda, era prova de negação ou reprovação. CS 32 1 A mitra do sumo sacerdote consistia no turbante de alvo linho, tendo presa no mesmo, por um laço de azul, uma lâmina de ouro que trazia a inscrição: "Santidade ao Senhor." Todas as coisas ligadas ao vestuário e conduta dos sacerdotes deviam ser de molde a impressionar aquele que as via, dando-lhe uma intuição da santidade de Deus, santidade de Seu culto, e pureza exigida daqueles que iam à Sua presença. Os serviços do santuário CS 32 2 Não somente o santuário em si mesmo, mas o ministério dos sacerdotes, deviam servir "de exemplar e sombra das coisas celestiais." Hebreus 8:5. Assim, foi isto de grande importância; e o Senhor, por meio de Moisés, deu a mais definida e explícita instrução concernente a cada ponto deste ritual típico. O ministério do santuário consistia em duas partes: um serviço diário e outro anual. O cerimonial diário era efetuado no altar dos holocaustos, no pátio do tabernáculo, bem como no lugar santo; ao passo que o serviço anual o era no lugar santíssimo. CS 32 3 Nenhum olho mortal a não ser o do sumo sacerdote devia ver o compartimento interno do santuário. Apenas uma vez ao ano podia o sacerdote entrar ali, e isto depois da mais cuidadosa e solene preparação. Com tremor entrava perante Deus, e o povo, com reverente silêncio, aguardava a sua volta, tendo erguido o coração em oração fervorosa pela bênção divina. Diante do propiciatório o sumo sacerdote fazia expiação por Israel; e na nuvem de glória Deus Se encontrava com ele. Sua demora ali, além do tempo costumeiro, enchia-os de receio de que, por causa de seus pecados ou dos dele, houvesse sido morto pela glória do Senhor. CS 32 4 O culto cotidiano consistia no holocausto da manhã e da tarde, na oferta de incenso suave no altar de ouro, e nas ofertas especiais pelos pecados individuais. E também havia ofertas para os sábados, luas novas e solenidades especiais. CS 32 5 Toda manhã e tarde, um cordeiro de um ano era queimado sobre o altar, com sua apropriada oferta de manjares, simbolizando assim a consagração diária da nação a Jeová, e sua constante necessidade do sangue expiatório de Cristo. Deus ordenara expressamente que toda a oferta apresentada para o ritual do santuário fosse "sem mácula". Êxodo 12:5. Os sacerdotes deviam examinar todos os animais levados para sacrifício, e rejeitar todo aquele em que se descobrisse algum defeito. Apenas uma oferta "sem mácula" poderia ser um símbolo da perfeita pureza dAquele que Se ofereceria como "um cordeiro imaculado e incontaminado". 1 Pedro 1:19. O apóstolo Paulo aponta para esses sacrifícios como uma ilustração do que os seguidores de Cristo devem tornar-se. Diz ele: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1. Devemos entregar-nos ao serviço de Deus e procurar que a oferta se aproxime o máximo possível da perfeição. Deus não Se agradará de coisa alguma inferior ao melhor que podemos oferecer. Aqueles que O amam de todo o coração, desejarão dar-Lhe o melhor serviço de sua vida, e estarão constantemente procurando pôr toda a faculdade de seu ser em harmonia com as leis que promoverão sua habilidade para fazerem a Sua vontade. CS 33 1 Na oferta do incenso o sacerdote era levado mais diretamente à presença de Deus do que em qualquer outro ato do ministério diário. Como o véu interno do santuário não se estendia até ao alto do edifício, a glória de Deus, manifestada por cima do propiciatório, era parcialmente visível no primeiro compartimento. Quando o sacerdote oferecia incenso perante o Senhor, olhava em direção à arca; e, subindo a nuvem de incenso, a glória divina descia sobre o propiciatório e enchia o lugar santíssimo, e muitas vezes ambos os compartimentos, de tal maneira que o sacerdote era obrigado a afastar-se para a porta do santuário. Como naquele cerimonial típico o sacerdote olhava pela fé ao propiciatório que não podia ver, assim o povo de Deus deve hoje dirigir suas orações a Cristo, seu grande Sumo Sacerdote que, invisível aos olhares humanos, pleiteia em seu favor no santuário celestial. CS 33 2 O incenso que subia com as orações de Israel, representa os méritos e intercessão de Cristo, Sua perfeita justiça, que pela fé é atribuída ao Seu povo, e unicamente pode tornar aceitável a Deus o culto de seres pecadores. Diante do véu do lugar santíssimo, estava um altar de intercessão perpétua; diante do lugar santo, um altar de expiação contínua. Pelo sangue e pelo incenso deveriam aproximar-se de Deus -- símbolos aqueles que apontam para o grande Mediador, por intermédio de quem os pecadores podem aproximar-se de Jeová, e por meio de quem unicamente, a misericórdia e a salvação podem ser concedidas à alma arrependida e crente. CS 34 1 Quando os sacerdotes, pela manhã e à tardinha, entravam no lugar santo à hora do incenso, o sacrifício diário estava pronto para ser oferecido sobre o altar, fora, no pátio. Esta era uma ocasião de intenso interesse para os adoradores que se reuniam junto ao tabernáculo. Antes de entrarem à presença de Deus pelo ministério do sacerdote, deviam empenhar-se em ardoroso exame de coração e confissão de pecado. Uniam-se em oração silenciosa, com o rosto voltado para o lugar santo. Assim ascendiam suas petições com a nuvem de incenso, enquanto a fé se apoderava dos méritos do Salvador prometido prefigurado pelo sacrifício expiatório. As horas designadas para o sacrifício da manhã e da tardinha eram consideradas sagradas, e, por toda a nação judaica, vieram a ser observadas como um tempo reservado para a adoração. E, quando, em tempos posteriores, os judeus foram espalhados como cativos em países distantes, ainda naquela hora designada voltavam o rosto para Jerusalém e proferiam suas petições ao Deus de Israel. Neste costume têm os cristãos um exemplo para a oração da manhã e da noite. Conquanto Deus condene um mero ciclo de cerimônias, sem o espírito de adoração, olha com grande prazer àqueles que O amam, prostrando-se de manhã e à noite, a fim de buscar o perdão dos pecados cometidos e apresentar seus pedidos de bênçãos necessitadas. CS 34 2 Os pães da proposição eram conservados sempre perante o Senhor como uma oferta perpétua. Assim, era isto uma parte do sacrifício cotidiano. Era chamado o pão da proposição, ou "pão da presença", porque estava sempre diante da face do Senhor. Êxodo 25:30. Era um reconhecimento de que o homem depende de Deus, tanto para o pão temporal como o espiritual, e de que este é recebido apenas pela mediação de Cristo. Deus alimentara Israel no deserto com pão do Céu e ainda dependiam eles de Sua munificência tanto para o pão temporal como para as bênçãos espirituais. Tanto o maná como o pão da proposição apontavam para Cristo, o pão vivo, que sempre está na presença de Deus por nós. Ele mesmo disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do Céu." João 6:48-51. O incenso era posto sobre os pães. Quando o pão era retirado cada sábado, para ser substituído por outro, fresco, o incenso era queimado sobre o altar, em memória, perante Deus. CS 35 1 A parte mais importante do ministério diário era o serviço efetuado em prol do indivíduo. O pecador arrependido trazia a sua oferta à porta do tabernáculo e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. Pela sua própria mão era então morto o animal, e o sangue era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca que continha a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, mediante o sangue, o pecado era figuradamente transferido para o santuário. Nalguns casos o sangue não era levado ao lugar santo mas a carne deveria então ser comida pelo sacerdote, conforme instruiu Moisés aos filhos de Arão, dizendo: "O Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação." Levítico 10:17. Ambas as cerimônias simbolizavam semelhantemente a transferência do pecado, do penitente para o santuário. CS 35 2 Tal era a obra que dia após dia continuava, durante o ano todo. Os pecados de Israel, sendo assim transferidos para o santuário, ficavam contaminados os lugares santos, e uma obra especial se tornava necessária para sua remoção. Deus ordenara que se fizesse expiação por cada um dos compartimentos sagrados, assim como pelo altar, para o purificar "das imundícias dos filhos de Israel", e o santificar. Levítico 16:19. O dia da expiação CS 35 3 Uma vez ao ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. O trabalho ali efetuado completava o ciclo anual do ministério. CS 36 1 No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, "uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário." O bode sobre o qual caía a primeira sorte deveria ser morto como oferta pelos pecados do povo. E o sacerdote deveria levar seu sangue para dentro do véu, e aspergi-lo sobre o propiciatório. "Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícias." Levítico 16:16. CS 36 2 "E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária." Levítico 16:21, 22. Antes que o bode tivesse desta maneira sido enviado não se considerava o povo livre do fardo de seus pecados. Cada homem deveria afligir sua alma, enquanto prosseguia a obra da expiação. Toda ocupação era posta de lado, e toda a congregação de Israel passava o dia em humilhação solene perante Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração. CS 36 3 Importantes verdades concernentes à obra expiatória eram ensinadas ao povo por meio deste serviço anual. Nas ofertas para o pecado apresentadas durante o ano, havia sido aceito um substituto em lugar do pecador; mas o sangue da vítima não fizera completa expiação pelo pecado. Apenas provera o meio pelo qual este fora transferido para o santuário. Pela oferta do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava a culpa de sua transgressão, e exprimia sua fé nAquele que tiraria o pecado do mundo; mas não estava inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta para a congregação, ia ao lugar santíssimo com o sangue e o aspergia sobre o propiciatório, em cima das tábuas da lei. Assim se satisfaziam os reclamos da lei, que exigia a vida do pecador. Então, em seu caráter de mediador, o sacerdote tomava sobre si os pecados e, saindo do santuário, levava consigo o fardo das culpas de Israel. À porta do tabernáculo colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava sobre ele "todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados", pondo-as sobre a cabeça do bode. E, assim como o bode que levava esses pecados era enviado dali; tais pecados, juntamente com o bode, eram considerados separados do povo para sempre. Este era o cerimonial efetuado como "exemplar e sombra das coisas celestiais." Hebreus 8:5. Uma figura das coisas que estão no céu CS 37 1 Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram "figuras das coisas que estão no Céu"; Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é "ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem." Hebreus 9:9, 23; 8:2. Sendo em visão concedida a João uma vista do templo de Deus no Céu, contemplou ele ali "sete lâmpadas de fogo" que ardiam diante do trono. Viu um anjo, "tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono." Apocalipse 4:5; 8:3. Com isto permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de fogo" e o "altar de ouro" representados pelo castiçal de ouro e o altar de incenso no santuário terrestre. Novamente, "abriu-se no Céu o templo de Deus" (Apocalipse 11:19), e ele olhou para dentro do véu interno, no santo dos santos. Ali viu a "arca do Seu concerto", representada pelo escrínio sagrado construído por Moisés a fim de conter a lei de Deus. CS 37 2 Moisés fizera o santuário terrestre "segundo o modelo que tinha visto". Paulo declara que "o tabernáculo e todos os vasos do ministério", quando se acharam completos, eram "figuras das coisas que estão no Céu". Atos dos Apóstolos 7:44; Hebreus 9:21, 23. E João diz que viu o santuário no Céu. Aquele santuário em que Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés era uma cópia. CS 37 3 Do templo celestial, morada do Rei dos reis, onde milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão diante dEle (Daniel 7:10), templo repleto da glória do trono eterno, onde serafins, seus guardas resplandecentes, velam o rosto em adoração; sim, desse templo, nenhuma estrutura terrestre poderia representar a vastidão e glória. Todavia, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali prosseguida em prol da redenção do homem, deveriam ser ensinadas pelo santuário terrestre e seu cerimonial. CS 38 1 Depois de Sua ascensão, nosso Senhor iniciaria Sua obra como nosso Sumo Sacerdote. Diz Paulo: "Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." Hebreus 9:24. Assim como o ministério de Cristo devia consistir em duas grandes divisões, ocupando cada uma delas um período de tempo e tendo um lugar distinto no santuário celeste, semelhantemente o ministério típico consistia em duas divisões -- o serviço diário e o anual -- e a cada um deles era dedicado um compartimento do tabernáculo. CS 38 2 Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador. CS 38 3 O sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado; este ficaria registrado no santuário até à expiação final; assim, no serviço típico, o sangue da oferta pelo pecado removia do penitente o pecado, mas este permanecia no santuário até ao dia da expiação. Purificação do registro de pecados CS 38 4 No grande dia da paga final, os mortos devem ser "julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apocalipse 20:12. Então, pela virtude do sangue expiatório de Cristo, os pecados de todo o verdadeiro arrependido serão eliminados dos livros do Céu. Assim o santuário estará livre ou purificado, do registro de pecado. No tipo, esta grande obra de expiação, ou cancelamento de pecados, era representada pelos serviços do dia de expiação, a saber, pela purificação do santuário terrestre, a qual se realizava pela remoção dos pecados com que ele ficara contaminado, remoção efetuada pela virtude do sangue da oferta para o pecado. CS 38 5 Assim como na expiação final os pecados dos verdadeiros arrependidos serão apagados dos registros do Céu, para não mais serem lembrados nem virem à mente, assim no serviço típico eram levados ao deserto, para sempre separados da congregação. CS 39 1 Visto que Satanás é o originador do pecado, o instigador direto de todos os pecados que ocasionaram a morte do Filho de Deus, exige a justiça que Satanás sofra a punição final. A obra de Cristo para a redenção dos homens e purificação do Universo da contaminação do pecado, encerrar-se-á pela remoção dos pecados do santuário celestial e deposição dos mesmos sobre Satanás, que arrostará a pena final. Assim no serviço típico, o ciclo anual do ministério encerrava-se com a purificação do santuário e confissão dos pecados sobre a cabeça do bode emissário. Em tais condições, no ministério do tabernáculo e do templo que mais tarde tomou o seu lugar, ensinavam-se ao povo cada dia as grandes verdades relativas à morte e ministério de Cristo, e uma vez ao ano sua mente era transportada para os acontecimentos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, e para a final purificação do Universo, de pecado e pecadores. -- Patriarcas e Profetas, 355-371. ------------------------Capítulo 4 -- O evangelho em tipo e antítipo CS 41 1 O longamente acariciado plano de Davi de construir um templo para o Senhor, coube a Salomão levar a cabo. Durante sete anos Jerusalém ficou cheia de ocupados trabalhadores, ocupados em nivelar o local, em construir vastos muros de contenção, e lançar amplos fundamentos -- "pedras grandes e pedras preciosas, e pedras lavradas" -- em modelar os pesados cedros adquiridos nas florestas do Líbano, e em erigir o magnificente santuário. 1 Reis 5:17. CS 41 2 Simultaneamente com o preparo de madeira e pedra, para cuja tarefa muitos milhares dedicavam suas energias, a manufatura do mobiliário do templo progredia firmemente sob a liderança de Hirão de Tiro, "um homem sábio de grande entendimento, ... sabe lavrar em ouro, em prata, em bronze, em ferro, em pedras e em madeira, em obras de púrpura, de azul, e de linho fino, e em obras de carmesim." 2 Crônicas 2:13, 14. Perfeitamente em harmonia com os modelos CS 41 3 Assim é que a construção sobre o Monte Moriá ia sendo erguida sem ruído, com "pedras já preparadas na pedreiras, de maneira que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro se ouviu na casa quando a edificavam", e seus belos pertences estavam em perfeita harmonia com os modelos entregues por Davi a seu filho, bem como "todos os utensílios do Santo Lugar de Deus." 1 Reis 6:7; 2 Crônicas 4:19. Incluíam-se o altar de incenso, a mesa para os pães da proposição, o castiçal e suas lâmpadas, com os vasos e instrumentos relacionados com a ministração dos sacerdotes no lugar santo, sendo tudo "do mais fino ouro." 2 Crônicas 4:21. O mobiliário de bronze -- o altar de ofertas queimadas, o grande mar sustentado por doze bois, os lavatórios de menor tamanho, com muitos outros vasos -- "na planície do Jordão, o rei os fez fundir em terra barrenta, entre Sucote e Zeredá." 2 Crônicas 4:17. Todo esse material era provido em abundância, de modo que não houvesse falta. Um templo de esplendor sem rival CS 42 1 De inexcedível beleza e inigualável esplendor era o régio edifício que Salomão e seus homens erigiram a Deus e ao Seu culto. Guarnecido de pedras preciosas, circundado por espaçosos átrios com magnificentes vias de acesso, revestido de cedro lavrado e ouro polido, a estrutura do templo, com suas cortinas bordadas e rico mobiliário, era apropriado emblema da igreja viva de Deus na Terra, a qual tem sido edificada através dos séculos segundo o modelo divino, com material que se tem comparado ao "ouro, prata e pedras preciosas", "lavradas como colunas de um palácio." -- Profetas e Reis, 36. CS 42 2 Um santuário mais do que esplêndido tinha sido construído, segundo o modelo mostrado a Moisés no monte, e posteriormente apresentado pelo Senhor a Davi. Em adição aos querubins em cima da arca, Salomão mandou fazer dois outros anjos de tamanho maior, ficando um em cada extremidade da arca, os quais representavam os guardiões celestiais da lei de Deus. É impossível descrever a beleza e esplendor deste santuário. Para dentro deste recinto foi a sagrada arca introduzida com solene reverência pelos sacerdotes, e posta em seu lugar sob as asas dos dois majestosos querubins que estavam sobre a mesa de cobertura da arca. Deus indica sua aceitação CS 42 3 O sagrado coro ergueu suas vozes em louvor de Deus, e a melodia foi acompanhada por toda espécie de instrumentos musicais. E enquanto os átrios do templo ressoavam com louvor, a nuvem da glória de Deus inundou a casa, como havia anteriormente acontecido com o tabernáculo no deserto. "Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória de Deus enchera a casa do Senhor." 1 Reis 8:10, 11. CS 43 1 Como o santuário terrestre construído por Moisés segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte, o templo de Salomão, com todos os seus serviços, era uma figura "para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios"; seus dois lugares santos eram "segundo as coisas que estão no Céu"; Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é "ministro do santuário, e verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, não o homem." Hebreus 8:2. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1905. CS 43 2 Todo o sistema de tipos e símbolos era uma compacta profecia do evangelho, uma representação em que se continham as promessas de redenção. -- Atos dos Apóstolos, 14. O antítipo é perdido de vista CS 43 3 O Senhor Jesus era o fundamento de toda a dispensação judaica. Seus imponentes serviços foram ordenados por Deus. Foram designados para ensinar ao povo, que no tempo determinado, viria Aquele ao qual apontavam aquelas cerimônias. -- Parábolas de Jesus, 34. CS 43 4 À medida que se apartavam de Deus, os judeus perderam em grande parte de vista os ensinos do serviço ritual. Esse serviço fora instituído pelo próprio Cristo. Era, em cada uma de suas partes, um símbolo dEle; e mostrava-se cheio de vitalidade e beleza espiritual. Mas os judeus perderam a vida espiritual de suas cerimônias, apegando-se às formas mortas. Confiavam nos sacrifícios e ordenanças em si mesmos, em lugar de descansar nAquele a quem apontavam. A fim de suprir o que haviam perdido, os sacerdotes e rabis multiplicavam exigências por sua conta; e quanto mais rígidos se tornavam, menos manifestavam o amor de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 20, 21. Os serviços do templo perderam seu significado CS 43 5 Cristo era o fundamento e a vida do templo. Os serviços deste eram típicos do sacrifício do Filho de Deus. O sacerdócio fora estabelecido para representar o caráter mediador e a obra de Cristo. Todo o plano do culto sacrifical era uma representação da morte do Salvador para redimir o mundo. Não haveria eficácia nessas ofertas, quando o grande acontecimento a que por séculos haviam apontado, se viessem a consumar. CS 44 1 Uma vez que toda a ordem era simbólica de Cristo, não tinha valor sem Ele. Quando os judeus selaram sua rejeição de Cristo, entregando-O à morte, rejeitaram tudo quanto dava significação ao templo e seus serviços. Sua santidade desaparecera. Estava condenado à destruição. Daquele dia em diante, as ofertas sacrificais e o serviço com elas relacionado eram destituídos de significado. Como a oferta de Caim, não exprimiam fé no Salvador. Condenando Cristo à morte, os judeus destruíram virtualmente seu templo. Quando Cristo foi crucificado, o véu interior do templo se rasgou em dois de alto a baixo, significando que o grande sacrifício final fora feito, e que o sistema de ofertas sacrificais cessara para sempre. CS 44 2 "Em três dias o levantarei." Por ocasião da morte do Salvador as potências das trevas pareciam prevalecer, e exultaram em sua vitória. Do fendido sepulcro de José, porém, saiu Jesus vitorioso. "Despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em Si mesmo." Colossences 2:15. Pela virtude de Sua morte e ressurreição, tornou-Se o ministro do "verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem." Hebreus 8:2. Foram homens que erigiram o tabernáculo judaico; homens construíram o templo; o santuário de cima, porém, do qual o terrestre era o símbolo, não foi construído por nenhum arquiteto humano. "Eis aqui o Homem cujo nome é Renovo; Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e levará a glória, e assentar-Se-á, e dominará no Seu trono." Zacarias 6:12, 13. -- Idem, 116, 117. Olhos voltados para o verdadeiro sacrifício CS 44 3 O serviço sacrifical que apontara a Cristo, passou, mas os olhos dos homens voltaram-se para o sacrifício verdadeiro pelos pecados do mundo. O sacerdócio terrestre terminou; mas nós olhamos a Jesus, o ministro do novo concerto, e "ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel." "O caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, ... mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, ... não feito por mãos, por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção." Hebreus 12:24; 9:8-12. CS 45 1 "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hebreus 7:25. Conquanto o serviço houvesse de ser transferido do templo terrestre ao celestial; embora o santuário e nosso grande Sumo Sacerdote fossem invisíveis aos olhos humanos, todavia os discípulos não sofreriam com isso nenhum detrimento. Não experimentariam nenhuma falha em sua comunhão, nem enfraquecimento de poder devido à ausência do Salvador. Enquanto Cristo ministra no santuário em cima, continua a ser, por meio de Seu Espírito, o ministro da igreja na Terra. -- Idem, 117, 118. Nosso sumo sacerdote, nosso advogado CS 45 2 "Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para Se oferecer a Si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, Se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de Si mesmo o pecado." Hebreus 9:24-26. "Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-Se à destra de Deus." Hebreus 10:12. Cristo entrou uma vez no santo lugar, tendo obtido para nós eterna redenção. "Por isso também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hebreus 7:25. Ele Se qualificou para ser não somente representante do homem, mas seu Advogado, de modo que toda alma, se desejar, possa dizer: Tenho um Amigo no tribunal, um Sumo Sacerdote que é sensível ao sentimento de minhas enfermidades. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1900. CS 45 3 O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Ele diz respeito a cada alma que vive na Terra. Abre ante nossos olhos o plano da redenção, conduzindo-nos através do tempo ao próprio fim, e revelando o triunfante resultado da controvérsia entre justiça e pecado. É da máxima importância que todos investiguem inteiramente esses assuntos, e sejam capazes de dar a cada um que lhes peça, a razão para a esperança que neles há. -- Idem, 9 de Novembro de 1905. ------------------------Capítulo 5 -- A mensagem do juízo agita a América CS 47 1 Um lavrador íntegro e de sentimentos honestos, que havia sido levado a duvidar da autoridade divina das Escrituras e que no entanto desejava sinceramente conhecer a verdade, foi o homem especialmente escolhido por Deus para iniciar a proclamação da segunda vinda de Cristo. Como outros muitos reformadores, Guilherme Miller lutou no princípio de sua vida com a pobreza, aprendendo destarte as grandes lições de firmeza e renúncia. Os membros da família de que proveio caracterizavam-se por um espírito independente e amante da liberdade, pela capacidade de resistência e ardente patriotismo, traços que também eram preeminentes em seu caráter. Seu pai fora capitão no exército da Revolução, e, aos sacrifícios que fizera nas lutas e sofrimentos daquele tempestuoso período, podem-se atribuir as circunstâncias embaraçosas dos primeiros anos da vida de Miller. CS 47 2 Possuía ele robusta constituição física, e já na meninice dera provas de força intelectual superior à comum. Com o passar dos anos tornou-se isto ainda mais notório. Seu espírito era ativo e bem desenvolvido, e ardente sua sede de saber. Conquanto não haurisse as vantagens de uma educação superior, seu amor ao estudo e o hábito de pensar cuidadosamente, bem como a aguda perspicácia, tornaram-no um homem de perfeito discernimento e largueza de vistas. Era dotado de irrepreensível caráter moral e nome invejável, sendo geralmente estimado por sua integridade, frugalidade e benevolência. À custa de energia e aplicação, adquiriu o necessário para viver, conservando, no entanto, seus hábitos de estudo. Ocupou com distinção vários cargos civis e militares, e as portas da riqueza e honra pareciam-lhe abertas de par em par. CS 48 1 Sua mãe era mulher verdadeiramente piedosa, e na infância estivera ele sujeito às impressões religiosas. No entanto, ao atingir o limiar da idade adulta, foi levado a associar-se com deístas, cuja influência foi tanto mais acentuada pelo fato de serem na maioria bons cidadãos, e homens de disposições humanitárias e benevolentes. Vivendo, como viviam, no meio de instituições cristãs, seu caráter tinha sido até certo ponto moldado pelo ambiente. As boas qualidades que lhes conquistaram respeito e confiança, deviam-nas à Bíblia, e, contudo, esses dons apreciáveis se haviam pervertido a ponto de exercer influência contra a Palavra de Deus. Pela associação com esses homens, Miller foi levado a adotar seus sentimentos. As interpretações corretas das Escrituras apresentavam dificuldades que lhe pareciam insuperáveis; todavia, sua nova crença, conquanto pusesse de lado a Escritura Sagrada, nada oferecia de melhor para substituí-la, e longe estava ele de sentir-se satisfeito. Continuou, entretanto, a manter estas opiniões durante mais ou menos doze anos. Mas com a idade de trinta e quatro anos, o Espírito Santo impressionou-lhe o coração com a intuição de seu estado pecaminoso. Não encontrou em sua crença anterior certeza alguma de felicidade além-túmulo. O futuro era negro e tétrico. ... CS 48 2 Neste estado continuou durante alguns meses. "Subitamente", diz ele, "gravou-se-me ao vivo no espírito o caráter de um Salvador. Pareceu-me que bem poderia existir um Ser tão bom e compassivo que por nossas transgressões fizesse expiação, livrando-nos, destarte, de sofrer a pena do pecado. Compreendi desde logo quão amável esse Ente deveria ser, e imaginei poder lançar-me aos Seus braços, confiante em Sua misericórdia. Mas surgiu a questão: Como se pode provar a existência desse Ser? Afora a Bíblia, achei que não poderia obter prova da existência de semelhante Salvador, nem sequer de uma existência futura. ... CS 48 3 "Vi que a Escritura Sagrada apresentava precisamente um Salvador como o que necessitava; e fiquei perplexo por ver como um livro não inspirado desenvolvia princípios tão perfeitamente adaptados às necessidades de um mundo decaído. Fui constrangido a admitir que as Escrituras devem ser uma revelação de Deus. Tornaram-se elas o meu deleite; e em Jesus encontrei um amigo. O Salvador tornou-Se para mim o primeiro entre dez mil; e as Escrituras, que antes eram obscuras e contraditórias, tornaram-se agora a lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho. Meu espírito tranqüilizou-se e ficou satisfeito. Achei que o Senhor Deus é uma Rocha em meio do oceano da vida. A Bíblia tornou-se então o meu estudo principal e, posso em verdade dizer, pesquisava-a com grande deleite. Vi que a metade nunca se me havia dito. Admirava-me de que me não tivesse apercebido antes, de sua beleza e glória; e maravilhava-me de que já a pudesse haver rejeitado. Tudo que o coração poderia desejar, encontrei revelado, como um remédio para toda enfermidade da alma. Perdi todo o gosto para outra leitura, e apliquei o coração a obter a sabedoria de Deus." -- Memórias de Guilherme Miller, S. Bliss. CS 49 1 Miller professou publicamente sua fé na religião que antes desprezara. Seus companheiros incrédulos, entretanto, não tardaram em produzir todos os argumentos com que ele próprio insistira contra a autoridade divina das Escrituras. Não estava então preparado para responder a eles, mas raciocinava que, se a Bíblia é a revelação de Deus, deve ser coerente consigo mesma; e que, como foi dada para a instrução do homem, deve adaptar-se à sua compreensão. Decidiu-se a estudar as Escrituras por si mesmo, e verificar se as aparentes contradições não se poderiam harmonizar. CS 49 2 Esforçando-se por deixar de lado todas as opiniões preconcebidas, dispensando comentários, comparou passagem com passagem, com o auxílio das referências à margem e da concordância. Prosseguiu no estudo de modo sistemático e metódico; começando com Gênesis, e lendo versículo por versículo, não ia mais depressa do que se lhe desvendava o sentido das várias passagens, de modo a deixá-lo livre de toda dificuldade. Quando encontrava algum ponto obscuro, tinha por costume compará-lo com todos os outros textos que pareciam ter qualquer referência ao assunto em consideração. Permitia que cada palavra tivesse a relação própria com o assunto do texto e, quando harmonizava seu ponto de vista acerca dessa passagem com todas as referências da mesma, deixava de ser uma dificuldade. Assim, quando quer que encontrasse passagem difícil de entender, achava explicação em alguma outra parte das Escrituras. Estudando com fervorosa oração para obter esclarecimentos da parte de Deus, o que antes parecia obscuro à compreensão agora se fizera claro. Experimentou a verdade das palavras do salmista: "A exposição das Tuas Palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Salmos 119:130. O estudo das profecias CS 50 1 Com intenso interesse estudou os livros de Daniel e Apocalipse, empregando os mesmos princípios de interpretação que para as demais partes das Escrituras; e descobriu, para sua grande alegria, que os símbolos proféticos podiam ser compreendidos. Viu que as profecias já cumpridas tiveram cumprimento literal; que todas as várias figuras, metáforas, parábolas, símiles, etc., ou eram explicadas em seu contexto, ou os termos em que eram expressos se achavam entendidos literalmente. "Fiquei assim convencido", diz ele, "de ser a Escritura Sagrada um conjunto de verdades reveladas, tão clara e simplesmente apresentadas que o viandante, ainda que seja um louco, não precisa errar." -- Bliss. Elo após elo da cadeia da verdade recompensava seus esforços, enquanto passo a passo divisava as grandes linhas proféticas. Anjos celestiais estavam a guiar-lhe o espírito e a abrir as Escrituras à sua compreensão. CS 50 2 Tomando a maneira por que as profecias se tinham cumprido no passado como critério pelo qual julgar do cumprimento das que ainda estavam no futuro, chegou à conclusão de que o conceito popular acerca do reino espiritual de Cristo -- o milênio temporal antes do fim do mundo -- não é apoiado pela Palavra de Deus. Essa doutrina, falando em mil anos de justiça e paz antes da vinda pessoal do Senhor, afasta para longe os terrores do dia de Deus. Mas, por agradável que seja, é contrária aos ensinos de Cristo e Seus apóstolos, que declaravam que o trigo e o joio devem crescer juntos até à ceifa, o fim do mundo (Mateus 13:30, 38-41); que "os homens maus e enganadores irão de mal para pior"; que "nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos" (2 Timóteo 3:13, 1); e que o reino das trevas continuará até o advento do Senhor, sendo consumido pelo espírito de Sua boca e destruído com o resplendor de Sua vinda. 2 Tessalonicenses 2:8. CS 50 3 A doutrina da conversão do mundo e do reino espiritual de Cristo não era mantida pela igreja apostólica. Não foi geralmente aceita pelos cristãos antes do começo do século dezoito, aproximadamente. Como todos os outros erros, seus resultados foram maus. Ensinava os homens a afastarem para um longínquo futuro a vinda do Senhor, e os impedia de prestar atenção aos sinais que anunciavam Sua aproximação. Infundia um sentimento de confiança e segurança que não era bem fundado, levando muitos a negligenciarem o necessário preparo a fim de se encontrar com seu Senhor. CS 51 1 Miller achou que a vinda de Cristo, literal, pessoal, é plenamente ensinada nas Escrituras. Diz Paulo: "O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus." 1 Tessalonicenses 4:16. E o Salvador declara: "Verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória." "Assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:30, 27. Ele deverá ser acompanhado de todas as hostes celestiais. O Filho do homem virá em Sua glória, "e todos os santos anjos com Ele." Mateus 25:31. "Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos." Mateus 24:31. CS 51 2 À Sua vinda, os justos que estiverem mortos ressuscitarão, os vivos serão transformados. "Nem todos dormiremos", diz Paulo, "mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade." 1 Coríntios 15:51-53. E em sua carta aos tessalonicenses, depois de descrever a vinda do Senhor, diz ele: "Os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." 1 Tessalonicenses 4:16, 17. CS 51 3 Não poderá o Seu povo receber o reino antes do advento pessoal de Cristo. Disse o Salvador: "E quando o Filho do homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então Se assentará no trono da Sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dEle, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à Sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". Mateus 25:31-34. Vimos pelos textos citados, que, quando o Filho do homem vier, os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e os vivos serão transformados. Por esta grande mudança ficam preparados para receberem o reino; pois Paulo diz: "A carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção." 1 Coríntios 15:50. O homem, em seu estado presente, é mortal, corruptível; o reino de Deus, porém, será incorruptível, permanecendo para sempre. Portanto, o homem, em sua condição atual, não pode entrar no reino de Deus. Mas, em vindo Jesus, confere a imortalidade a Seu povo; e então os chama para possuírem o reino de que até ali têm sido apenas herdeiros. CS 52 1 Estas e outras passagens provaram claramente ao espírito de Miller que os acontecimentos que geralmente se esperava ocorrerem antes da vinda de Cristo, como seja o reino universal de paz e o estabelecimento do domínio de Deus sobre a Terra, deveriam ser subsequentes ao segundo advento. Além disso, todos os sinais dos tempos e as condições do mundo correspondiam à descrição profética dos últimos dias. Foi levado, somente pelo estudo das Escrituras, à conclusão de que estava prestes a terminar o período de tempo concedido para a existência da Terra em sua condição presente. O impacto da cronologia Bíblica CS 52 2 "Outra espécie de prova que vivamente me impressionava o espírito", diz ele, "era a cronologia das Escrituras. ... Notei que os acontecimentos preditos, que se haviam cumprido no passado, muitas vezes ocorreram dentro de um dado tempo. Os cento e vinte anos do dilúvio (Gênesis 6:3), os sete dias que o deviam preceder, com quarenta dias de chuva predita (Gênesis 7:4), os quatrocentos anos da permanência temporária da semente de Abraão (Gênesis 15:13), os três dias do sonho do copeiro-mor e do padeiro-mor (Gênesis 40:12-20), os sete anos de Faraó (Gênesis 41:28-54), os quarenta anos no deserto (Números 14:34), os três anos e meio de fome (1 Reis 17:1; ver Lucas 4:25); o cativeiro de setenta anos (Jeremias 25:11), os sete tempos de Nabucodonosor (Daniel 4:13-16), e as sete semanas, sessenta e duas semanas, e a semana, perfazendo setenta semanas, determinadas aos judeus (Daniel 9:24-27) -- são tempos que limitaram acontecimentos que antes eram apenas assuntos de profecia, cumprindo-se de acordo com as predições." -- Bliss. CS 52 3 Quando, portanto, encontrou em seu estudo da Bíblia vários períodos cronológicos que segundo a sua compreensão dos mesmos, se estendiam até à segunda vinda de Cristo, não pôde senão considerá-los como os "tempos já dantes ordenados", que Deus revelou a Seus servos. "As coisas encobertas", diz Moisés, "são para o Senhor nosso Deus: porém, as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre" (Deuteronômio 29:29); e o Senhor declara pelo profeta Amós que "não fará coisa alguma, sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas". Amós 3:7. Assim, os que estudam a Palavra de Deus podem confiantemente esperar que encontrarão nas Escrituras da verdade, claramente indicado, o acontecimento mais estupendo a ocorrer na história da humanidade. CS 53 1 "Como eu estivesse plenamente convicto", diz Miller, "de que 'toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa'; de que ela não veio nunca pela vontade do homem, mas foi escrita ao serem homens santos inspirados pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21), e dada 'para nosso ensino', 'para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança', não poderia deixar de considerar porções cronológicas da Bíblia senão como uma parte da Palavra de Deus, e com tanto direito à nossa séria consideração como qualquer outra porção dela. Senti, pois, que, esforçando-me por compreender o que Deus em Sua misericórdia achou conveniente revelar-nos, eu não tinha direito de omitir os períodos proféticos." -- Bliss. A profecia de Daniel 8:14 CS 53 2 A profecia que mais claramente parecia revelar o tempo do segundo advento, era a de Daniel 8:14: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Seguindo sua regra de fazer as Escrituras o seu próprio intérprete, Miller descobriu que um dia na profecia simbólica representa um ano (Números 14:34; Ezequiel 4:6); viu que o período de 2.300 dias proféticos, ou anos literais, se estenderia muito além do final da dispensação judaica, donde o não poder ele referir-se ao santuário daquela dispensação. Miller aceitou a opinião geralmente acolhida, de que na era cristã a Terra é o santuário, e, portanto, compreendeu que a purificação do santuário predita em Daniel 8:14 representa a purificação da Terra pelo fogo, à segunda vinda de Cristo. Se, pois, se pudesse encontrar o exato ponto de partida para os 2.300 dias, concluiu que se poderia facilmente determinar a ocasião do segundo advento. ... CS 53 3 Com um novo e mais profundo fervor, Miller continuou o exame das profecias, dedicando dias e noites inteiras ao estudo do que agora lhe parecia de tão estupenda importância e absorvente interesse. No capítulo oitavo de Daniel ele não pôde achar nenhum fio que guiasse ao ponto de partida dos 2.300 dias; o anjo Gabriel, conquanto tivesse recebido ordem de fazer com que Daniel compreendesse a visão, deu-lhe apenas uma explicação parcial. Quando a terrível perseguição a recair sobre a igreja foi desvendada à visão do profeta, abandonou-o a força física. Não pôde suportar mais, e o anjo o deixou por algum tempo. Daniel enfraqueceu e esteve enfermo alguns dias. "Espantei-me acerca da visão", diz ele, "e não havia quem a entendesse." CS 54 1 Deus ordenou, contudo, a Seu mensageiro: "Dá a entender a este a visão." A incumbência devia ser satisfeita. Em obediência a ela, o anjo, algum tempo depois, voltou a Daniel, dizendo: "Agora saí para fazer-te entender o sentido"; "toma, pois, bem sentido na palavra, e entende a visão." Daniel 9:22, 23. Havia, na visão do capítulo oito, um ponto importante que tinha sido deixado sem explicação, a saber, o que se refere ao tempo, ou seja, ao período dos 2.300 dias; portanto o anjo, retomando sua explicação, ocupa-se principalmente do assunto do tempo: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade. ... Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas: as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E depois das sessenta e duas semanas será tirado o Messias, e não será mais. ... E Ele firmará um concerto com muitos por uma semana: e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares." Daniel 9:24-27. CS 54 2 O anjo fora enviado a Daniel com o expresso fim de lhe explicar o ponto que tinha deixado de compreender na visão do capítulo oito, a saber, a declaração relativa ao tempo: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Depois de mandar Daniel tomar bem sentido na palavra e entender a visão, as primeiras declarações do anjo foram: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade." A palavra aqui traduzida "determinadas" significa literalmente "separadas". Setenta semanas, representando 490 anos, declara o anjo estarem separadas, referindo-se especialmente aos judeus. Mas, separadas de quê? Como os 2.300 dias foram o único período de tempo mencionado no capítulo oito, devem ser, portanto, uma parte dos 2.300 dias, e os dois períodos devem ser o período de que as setenta semanas se separaram; estas devem começar juntamente. Declara o anjo datarem as setenta semanas da saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém. Se se pudesse encontrar a data desta ordem, estaria estabelecido o ponto de partida do grande período dos 2.300 dias. CS 55 1 No sétimo capítulo de Esdras acha-se o decreto. Esdras 7:12-26. Em sua forma completa foi promulgado por Artaxerxes, rei da Pérsia, em 457 antes de Cristo. Mas em (Esdras 6:14) se diz ter sido a casa do Senhor em Jerusalém edificada "conforme o mandado [ou decreto, como se poderia traduzir] de Ciro e de Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia." Estes três reis, originando, confirmando e completando o decreto, deram-lhe a perfeição exigida pela profecia para assinalar o início dos 2.300 anos. Tomando-se o ano 457 antes de Cristo, tempo em que se completou o decreto, como data da ordem, viu-se ter-se cumprido toda a especificação da profecia relativa às setenta semanas. CS 55 2 "Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, sete semanas, e sessenta e duas semanas" -- a saber, sessenta e nove semanas ou 483 anos. O decreto de Artaxerxes entrou em vigor no outono de 457 antes de Cristo. A partir desta data, 483 anos estendem-se até o outono do ano 27 de nossa era. Naquele tempo esta profecia se cumpriu. A palavra "Messias" significa o "Ungido". No outono do ano 27 de nossa era, Cristo foi batizado por João, e recebeu a unção do Espírito. O apóstolo Pedro testifica que "Deus ungiu a Jesus de Nazaré com Espírito Santo e com virtude". Atos dos Apóstolos 10:38. E o próprio Salvador declarou: "O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres." Lucas 4:18. Depois de Seu batismo Ele foi para a Galiléia, "pregando o evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido." Marcos 1:14, 15. CS 55 3 "E Ele firmará concerto com muitos por uma semana." A "semana", a que há referência aqui, é a última das setenta, são os últimos sete anos do período concedido especialmente aos judeus. Durante este tempo, que se estende do ano 27 ao ano 34 de nossa era, Cristo, a princípio em pessoa e depois pelos Seus discípulos, dirigiu o convite do evangelho especialmente aos judeus. Ao saírem os apóstolos com as boas-novas do reino, a recomendação do Salvador era: "Não ireis pelos caminhos das gentes, nem entrareis em cidades de samaritanos; mas ide às ovelhas perdidas da casa de Israel." Mateus 10:5, 6. CS 56 1 "Na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares." No ano 31 de nossa era, três anos e meio depois de Seu batismo, nosso Senhor foi crucificado. Com o grande sacrifício oferecido sobre o Calvário, terminou aquele sistema cerimonial de ofertas, que durante quatro mil anos haviam apontado para o Cordeiro de Deus. O tipo alcançou o antítipo, e todos os sacrifícios e ofertas daquele sistema cerimonial deveriam cessar. CS 56 2 As setenta semanas, ou 490 anos, especialmente conferidas aos judeus, terminaram, como vimos, no ano 34. Naquele tempo, pelo ato do Sinédrio judaico, a nação selou sua recusa do evangelho, pelo martírio de Estêvão e perseguição aos seguidores de Cristo. Assim, a mensagem da salvação, não mais restrita ao povo escolhido, foi dada ao mundo. Os discípulos, forçados pela perseguição a fugir de Jerusalém, "iam por toda parte, anunciando a Palavra." Filipe desceu à cidade de Samaria e pregou a Cristo. Pedro, divinamente guiado, revelou o evangelho ao centurião de Cesaréia, Cornélio, que era temente a Deus; e o ardoroso Paulo, ganho à fé cristã, foi incumbido de levar as alegres novas "aos gentios de longe". Atos dos Apóstolos 8:4, 5; 22:21. CS 56 3 Até aqui, cumpriram-se de maneira surpreendente todas as especificações das profecias e fixa-se o início das setenta semanas, inquestionavelmente, no ano 457 antes de Cristo, e seu termo no ano 34 de nossa era. Por estes dados não há dificuldade em achar-se o final dos 2.300 dias. Tendo sido as setenta semanas -- 490 dias -- separadas dos 2.300 dias, ficaram restando 1.810 dias. Depois do fim dos 490 dias, os 1.810 dias deveriam ainda cumprir-se. Contando do ano 34 de nossa era, 1.810 anos se estendem a 1844. Conseqüentemente, os 2.300 dias de Daniel 8:14 terminaram em 1844. Ao expirar este grande período profético, "o santuário será purificado", segundo o testemunho do anjo de Deus. Deste modo foi definitivamente indicado o tempo da purificação do santuário, que quase universalmente se acreditava ocorresse por ocasião do segundo advento. CS 57 1 Miller e seus companheiros a princípio creram que os 2.300 dias terminariam na primavera de 1844, ao passo que a profecia indicava o outono daquele ano. A compreensão errônea deste ponto trouxe o desapontamento e perplexidade aos que haviam fixado a primeira daquelas datas para o tempo da vinda do Senhor. Isto, porém, não afetou nem de leve a força do argumento que mostrava terem os 2.300 dias terminado no ano de 1844, e que o grande acontecimento representado pela purificação do santuário deveria ocorrer então. O dever de falar a outros CS 57 2 Devotando-se ao estudo das Escrituras, como fizera, a fim de provar serem elas uma revelação de Deus, Miller não tinha a princípio a menor expectativa de atingir a conclusão a que chegara. ... Mas a prova das Escrituras era por demais clara e forte para que fosse posta de parte. CS 57 3 Dois anos dedicara ele ao estudo da Bíblia, quando em 1818, chegou à solene conclusão de que dentro de vinte e cinco anos, aproximadamente, Cristo apareceria para redenção de Seu povo. "Não necessito falar", diz Miller, "do júbilo que me encheu o coração em vista da deleitável perspectiva, nem do anelo ardente de minha alma para participar das alegrias dos remidos. A Bíblia era então para mim um livro novo. Considerava-a verdadeiramente um festim para a razão; tudo que, em seus ensinos, fora ininteligível, místico ou obscuro para mim, dissipara-se-me do espírito ante a clara luz que ora raiava de suas páginas sagradas; e oh, quão brilhante e gloriosa se me apresentava a verdade! Todas as contradições e incoerências que eu antes encontrara na Palavra, desapareceram; e posto que houvesse muitas partes de que eu não possuía uma compreensão que me satisfizesse, tanta luz, contudo, dela emanara para a iluminação de meu espírito antes obscurecido, que senti, em estudar as Escrituras, um prazer que antes não supunha pudesse ser delas derivado." -- Bliss. CS 57 4 "Solenemente convencido de que as Santas Escrituras anunciavam o cumprimento de tão importantes acontecimentos em tão curto espaço de tempo, surgiu com força em minha alma a questão de saber qual meu dever para com o mundo, em face da evidência que comovera a meu próprio espírito." -- Bliss. Não pôde deixar de sentir que era seu dever comunicar a outros a luz que tinha recebido. Esperava encontrar oposição por parte dos ímpios, mas confiava em que todos os cristãos se regozijariam na esperança de ver o Salvador, a quem professavam amar. Seu único temor era que, em sua grande alegria ante a perspectiva do glorioso livramento, a consumar-se tão breve, muitos recebessem a doutrina sem examinar suficientemente as Escrituras em demonstração de sua verdade. Portanto, hesitou em apresentá-la, receando que estivesse em erro, e fosse, assim, o meio de transviar a outros. Foi levado, desta maneira, a rever as provas em apoio das conclusões a que chegara e a considerar cuidadosamente toda dificuldade que se lhe apresentava ao espírito. Viu que as objeções se desvaneciam ante a luz da Palavra de Deus, como a névoa diante dos raios do Sol. Cinco anos despendidos desta maneira, deixaram-no completamente convicto da correção de suas opiniões. CS 58 1 E agora o dever de tornar conhecido a outros o que cria ser ensinado tão claramente nas Escrituras, impunha-se-lhe com nova força. ... CS 58 2 Começou ele a apresentar suas opiniões em particular, quando se lhe oferecia oportunidade, orando para que algum ministro pudesse sentir a força das mesmas e dedicar-se à sua promulgação. Mas não pôde banir a convicção de que tinha um dever pessoal a cumprir, em fazer a advertência. Ocorriam-lhe sempre ao espírito as palavras: "Vai dizê-lo ao mundo, seu sangue requererei de tuas mãos." Durante nove anos esperou, pesando-lhe sempre este fardo sobre a alma, até que em 1831 pela primeira vez expôs publicamente as razões de sua fé. ... Começa um despertamento religioso CS 58 3 Foi somente às solicitações de seus irmãos, em cujas palavras ele ouvia o chamado de Deus, que Miller consentiu em apresentar suas opiniões em público. Contava então cinqüenta anos de idade, não estava habituado a falar em público, e sentia-se oprimido a reconhecer sua incapacidade para a obra. Desde o princípio, porém, seus trabalhos para a salvação das almas foram abençoados de modo notável. Sua primeira conferência foi seguida de um despertamento religioso, no qual se converteram treze famílias inteiras, com exceção de duas pessoas. Foi imediatamente convidado a falar em outros lugares, e quase em toda parte seu trabalho resultava em avivamento da obra de Deus. Convertiam-se pecadores, cristãos eram despertados a maior consagração, e deístas e incrédulos reconheciam a verdade da Bíblia e da religião cristã. O testemunho daqueles entre os quais trabalhava, era: "Atingia a uma classe de espíritos fora da influência de outros homens." -- Bliss. Sua pregação era de molde a despertar o espírito público aos grandes temas da religião e sustar o crescente mundanismo e sensualidade da época. CS 59 1 Em quase todas as cidades havia dezenas de conversos, e em algumas centenas, como resultado de sua pregação. Em muitos lugares as igrejas protestantes de quase todas as denominações abriram-se-lhe amplamente; e os convites para nelas trabalhar vinham geralmente dos ministros das várias congregações. Adotava como regra invariável não trabalhar em qualquer lugar a que não fosse convidado; e, no entanto, logo se viu impossibilitado de atender à metade dos pedidos que choviam sobre ele. Evidências de bênção divina CS 59 2 Muitos que não aceitaram suas opiniões quanto ao tempo exato do segundo advento, ficaram convencidos da certeza e proximidade da vinda de Cristo e de sua necessidade de preparo. Em algumas das grandes cidades seu trabalho produziu impressão extraordinária. Vendedores de bebidas abandonavam este comércio e transformavam suas lojas em salas de cultos; antros de jogo eram fechados; corrigiam-se incrédulos, deístas, universalistas, e mesmo os libertinos mais perdidos, alguns dos quais não haviam durante anos entrado em uma casa de culto. Várias denominações efetuavam reuniões de oração, em diferentes bairros, quase todas as horas do dia, reunindo-se os homens de negócios ao meio-dia para oração de louvor. Não havia nenhuma excitação extravagante, mas sim uma sensação de solenidade quase geral no espírito do povo. Sua obra, como a dos primeiros reformadores, tendia antes para convencer o entendimento e despertar a consciência do que a meramente excitar as emoções. CS 59 3 Em 1833 Miller recebeu da igreja batista de que era membro uma licença para pregar. Grande número dos ministros de sua denominação aprovou-lhe também a obra, e foi com essa sanção formal que continuou com os seus trabalhos. Posto que seus labores pessoais estivessem limitados principalmente à Nova Inglaterra e aos Estados centrais, viajou e pregou incessantemente. Durante vários anos suas despesas eram cobertas inteiramente por sua bolsa particular e posteriormente nunca recebeu o bastante para custear as viagens aos lugares a que era convidado. Assim, seus trabalhos públicos, longe de serem benefício pecuniário, eram-lhe pesado encargo às posses, que gradualmente diminuíram durante este período de sua vida. Era chefe de numerosa família; mas como todos eram sóbrios e industriosos, sua fazenda bastava para a manutenção de todos. O último dos sinais CS 60 1 Em 1833, dois anos depois que Miller começou a apresentar em público as provas da próxima vinda de Cristo, apareceu o último dos sinais que foram prometidos pelo Salvador como indícios de Seu segundo advento. Disse Jesus: "As estrelas cairão do céu." Mateus 24:29. E João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: "E as estrelas do céu caíram sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte." Apocalipse 6:13. Esta profecia teve cumprimento surpreendente e impressionante na grande chuva meteórica de 13 de Novembro de 1833. Aquela foi a mais extensa e maravilhosa exibição de estrelas cadentes que já se tem registrado, "achando-se então o firmamento inteiro, sobre todos os Estados Unidos, durante horas, em faiscante comoção! Neste país, desde que começou a ser colonizado, nenhum fenômeno celeste já ocorreu que fosse visto com tão intensa admiração por uns ou com tanto terror e alarma por outros." "Sua sublimidade e terrível beleza ainda perdura em muitos espíritos. ... Raras vezes caiu chuva mais densa do que caíram os meteoros em direção à Terra; Leste, Oeste, Norte e Sul, tudo era o mesmo. Em uma palavra, o céu inteiro parecia em movimento. ... O espetáculo, como o descreveu o diário do professor Silliman, foi visto por toda a América do Norte. ... Desde as duas horas até pleno dia, estando o céu perfeitamente sereno e sem nuvens, um contínuo jogo de luzes deslumbrantemente fulgurantes se manteve em todo o firmamento." -- Progresso Americano, ou Os Grandes Acontecimentos do Maior dos Séculos, R. M. Devens. ... CS 60 2 No Journal of Comerce, de Nova Iorque, de 14 de Novembro de 1833, apareceu um longo artigo considerando este maravilhoso fenômeno, artigo que continha esta declaração: "Nenhum filósofo ou sábio mencionou ou registrou, suponho-o eu, um acontecimento semelhante ao de ontem de manhã. Um profeta há mil e oitocentos anos predisse-o exatamente -- se não nos furtarmos ao incômodo de compreender o chuveiro de estrelas como a queda das mesmas, ... no único sentido em que é possível ser isso literalmente verdade." CS 61 1 Assim se mostrou o último dos sinais de Sua vinda, relativamente aos quais Jesus declarou a Seus discípulos: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas." Mateus 24:33. Depois destes sinais João contemplou, como o grande acontecimento a seguir imediatamente, o céu retirando-se como pergaminho que se enrola, enquanto a Terra tremia, montanhas e ilhas se removiam dos lugares, e os ímpios procuravam, aterrorizados, fugir da presença do Filho do homem. Apocalipse 6:12-17. CS 61 2 Muitos que testemunharam a queda das estrelas, consideraram-na um arauto do juízo vindouro -- "sinal espantoso, precursor certo, misericordioso prenúncio do grande e terrível dia." -- The Old Countryman. Deste modo a atenção do povo foi dirigida para o cumprimento da profecia, sendo muitos levados a dar atenção à advertência do segundo advento. ... A Bíblia e a Bíblia só CS 61 3 Guilherme Miller possuía grandes dotes intelectuais, disciplinados pela meditação e estudo; e a estes acrescentava a sabedoria do Céu, pondo-se em ligação com a Fonte da sabedoria. Era um homem de verdadeiro valor, que inspirava respeito e estima onde quer que a integridade de caráter e a excelência moral fossem apreciadas. Unindo a verdadeira bondade de coração à humildade cristã e ao poder do domínio-próprio, era atento e afável para com todos, pronto para ouvir as opiniões de outrem e pesar seus argumentos. Sem paixão ou excitação, aferia todas as teorias e doutrinas pela Palavra de Deus; e seu raciocínio são e o profundo conhecimento das Escrituras habilitavam-no a refutar o erro e desmascarar a falsidade. CS 61 4 Todavia, não prosseguiu ele o seu trabalho sem tenaz oposição. Como acontecera com os primeiros reformadores, as verdades que apresentava não eram recebidas favoravelmente pelos ensinadores populares da religião. Não podendo manter sua atitude pelas Escrituras, viam-se obrigados a recorrer aos ditos e doutrinas de homens, às tradições dos pais da igreja. A Palavra de Deus, porém, era o único testemunho aceito pelos pregadores da verdade do advento. "A Bíblia, e a Bíblia só", era a sua senha. A falta de argumentos das Santas Escrituras, por parte dos oponentes, supriam-na eles pelo ridículo e o escárnio. Empregavam tempo, meios e talentos para difamar aqueles cuja única falta era esperar com alegria a volta de seu Senhor, e esforçar-se por viver vida santa e exortar aos demais a prepararem-se para o Seu aparecimento. ... CS 62 1 O instigador de todo mal procurava não somente contrariar o efeito da mensagem do advento, mas destruir o próprio mensageiro. Miller fazia aplicação prática da verdade das Escrituras ao coração de seus ouvintes, reprovando-lhes os pecados e perturbando-lhes a satisfação própria; e suas palavras claras e incisivas despertaram inimizade. A oposição manifestada pelos membros da igreja à sua mensagem, animava as classes inferiores a irem mais longe; e conspiraram alguns dos inimigos para tirar-lhe a vida quando saísse do local da reunião. Santos anjos, porém, estavam na multidão, e um deles, certa vez, sob a forma de homem, tomou o braço desse servo do Senhor e pô-lo a salvo da turba enfurecida. Sua obra ainda não estava terminada, e Satanás e seus emissários viram seus planos frustrados. CS 62 2 A despeito de toda a oposição, o interesse no movimento adventista continuou a aumentar. As congregações cresceram das dezenas e centenas para milhares. Grande aumento houve nas várias igrejas, mas depois de algum tempo se manifestou o espírito de oposição a esses conversos, e as igrejas começaram a tomar providências disciplinares contra os que tinham abraçado as opiniões de Miller. Este ato provocou uma resposta de sua pena, em escrito dirigido aos cristãos de todas as denominações, insistindo em que, se suas doutrinas eram falsas, se lhe mostrasse o erro pelas Escrituras. CS 62 3 "Que temos nós crido", disse ele, "que não nos tenha sido ordenado pela Palavra de Deus, a qual, vós mesmos o admitis, é a regra e a única regra de nossa fé e prática? Que temos nós feito que provocasse tão virulentas acusações contra nós, do púlpito e da imprensa, e vos desse motivo justo para excluir-nos [os adventistas] de vossas igrejas e comunhão?" "Se estamos errados, peço mostrar-nos em que consiste nosso erro. Mostrai-nos, pela Palavra de Deus, que estamos enganados. Temos sido bastante ridicularizados; isto nunca nos poderá convencer de que estamos em erro; a Palavra de Deus, unicamente, pode mudar nossas opiniões. Chegamos às nossas conclusões depois de refletir maduramente e muito orar, e ao vermos sua evidência nas Escrituras." -- Bliss. Diferentes respostas CS 63 1 E por que foram a doutrina e pregação da segunda vinda de Cristo tão mal recebidas pelas igrejas? Ao passo que para os ímpios o advento do Senhor traz miséria e desolação, para os justos está repleto de alegria e esperança. Esta grande verdade tem sido o consolo dos fiéis de Deus através de todos os séculos. Por que se tornou ela, como seu Autor, "uma pedra de tropeço e rocha de escândalo" a Seu povo professo? Foi nosso Senhor mesmo que prometeu a Seus discípulos: "Se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo." João 14:3. Foi o compassivo Salvador que, antecipando-Se aos sentimentos de solidão e tristeza de Seus seguidores, incumbiu anjos de confortá-los com a certeza de que Ele viria outra vez, em pessoa, assim como fora para o Céu. Estando os discípulos a olhar atentamente para cima a fim de apanhar o último vislumbre dAquele a quem amavam, sua atenção foi despertada pelas palavras: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir." Atos dos Apóstolos 1:11. Pela mensagem do anjo acendeu-se de novo a esperança. Os discípulos "tornaram com grande júbilo para Jerusalém. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus." Lucas 24:52, 53. Não se regozijavam porque Jesus deles Se houvesse separado, e tivessem sido deixados a lutar com as provações e tentações do mundo, mas por causa da certeza dada pelo anjo de que Ele viria outra vez. CS 63 2 A proclamação da vinda de Cristo deveria ser agora, como quando fora feita pelos anjos aos pastores de Belém, boas-novas de grande alegria. Os que realmente amam ao Salvador saudarão com alegria o anúncio baseado na Palavra de Deus, de que Aquele em quem se centralizam as esperanças de vida eterna, vem outra vez, não para ser insultado, desprezado e rejeitado, como se deu no primeiro advento, mas com poder e glória, para remir Seu povo. Os que não amam o Salvador é que não desejam sua vinda; e não poderá haver prova mais concludente de que as igrejas se afastaram de Deus do que a irritação e a animosidade despertada por esta mensagem enviada pelo Céu. CS 63 3 Os que aceitaram a doutrina do advento aperceberam-se da necessidade de arrependimento e humilhação perante Deus. Muitos haviam por longo tempo vacilado entre Cristo e o mundo; agora compreendiam que era tempo de assumir atitude decisiva. "As coisas da eternidade assumiam para eles uma desusada realidade. O Céu se lhes aproximava, e sentiam-se culpados perante Deus." -- Bliss. Os cristãos despertaram para nova vida espiritual. Compenetraram-se de que o tempo era breve, de que o que tinham a fazer pelos seus semelhantes deveria fazer-se rapidamente. A Terra retrocedia, a eternidade parecia abrir-se perante eles, e a alma, com tudo que diz respeito à sua felicidade ou miséria eterna, sentia eclipsar-se todo o objetivo mundano. O Espírito de Deus repousava sobre eles conferindo poder aos fervorosos apelos que faziam a seus irmãos e aos pecadores, a fim de se prepararem para o dia de Deus. O testemunho silencioso de sua vida diária era constante reprovação aos membros das igrejas, seguidores de formalidades e destituídos de consagração. Estes não desejavam ser perturbados em sua procura de prazeres, seu desejo de ganho e ambição de honras mundanas. Daí a inimizade e a oposição suscitadas contra a fé no advento e contra os que a proclamavam. Desencorajada a investigação CS 64 1 Como se verificassem irrefutáveis os argumentos baseados nos períodos proféticos, os oponentes se esforçaram por desacoroçoar a investigação deste assunto, ensinando que as profecias estavam fechadas. ... CS 64 2 Ministros e povo declaravam que as profecias de Daniel e do Apocalipse eram mistérios incompreensíveis. Cristo, porém, chamou a atenção de Seus discípulos para as palavras do profeta Daniel, relativas aos acontecimentos a ocorrerem na época deles, e disse: "Quem lê, entenda." Mateus 24:15 (TB). E a asserção de que o Apocalipse é um mistério, que não pode ser compreendido, é contradita pelo próprio título do livro: "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar a Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer. ... Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." ... CS 64 3 Em vista do testemunho da Inspiração, como ousam os homens ensinar que o Apocalipse é um mistério, fora do alcance da inteligência humana? É um mistério revelado, um livro aberto. O estudo do Apocalipse encaminha o espírito às profecias de Daniel, e ambos apresentam importantíssimas instruções, dadas por Deus ao homem, relativas a fatos a acontecerem no final da história deste mundo. CS 65 1 Foram reveladas a João cenas de profundo e palpitante interesse na experiência da igreja. Viu ele a posição, os perigos, os conflitos e o livramento final do povo de Deus. Ele registra as mensagens finais que devem amadurecer a seara da Terra, sejam os molhos para o celeiro celeste, ou os feixes para os fogos da destruição. Assuntos de vasta importância lhe foram desvendados, especialmente para a última igreja, a fim de que os que volvessem do erro para a verdade pudessem ser instruídos em relação aos perigos e conflitos que diante deles estariam. Ninguém necessita estar em trevas no que respeita àquilo que está para vir sobre a Terra. CS 65 2 Por que, pois, esta dilatada ignorância com respeito a uma parte importante das Sagradas Escrituras? Por que esta relutância geral em investigar-lhes os ensinos? É o resultado de um esforço estudado do príncipe das trevas para esconder dos homens o que revela os seus enganos. Por esta razão, Cristo, o Revelador, prevendo a luta que seria ferida contra o estudo do Apocalipse, pronunciou uma bênção sobre os que lessem, ouvissem e observassem as palavras da profecia. -- O Grande Conflito, 316-341. ------------------------Capítulo 6 -- Daniel 8:14 e passos nos misteriosos desígnios de Deus CS 67 1 A Obra de Deus na Terra apresenta, século após século, uma surpreendente semelhança, em todas as grandes reformas ou movimentos religiosos. Os princípios envolvidos no trato de Deus com os homens são sempre os mesmos. Os movimentos importantes do presente têm seu paralelo nos do passado, e a experiência da igreja nos séculos antigos encerra lições de grande valor para o nosso tempo. CS 67 2 Nenhuma verdade é mais claramente ensinada na Escritura do que aquela segundo a qual Deus, pelo Seu Espírito Santo, dirige de maneira especial Seus servos sobre a Terra, nos grandes movimentos que têm por objetivo promover a obra da salvação. Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e misericórdia. Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para o habilitar a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer. Nenhum homem, porém, ainda que honrado pelo Céu, já chegou a compreender completamente o grande plano da redenção, ou mesmo a aquilatar perfeitamente o propósito divino na obra para o seu próprio tempo. Os homens não compreendem plenamente o que Deus deseja cumprir pela missão que lhes confia: não abrangem, em todos os aspectos, a mensagem que proclamam em Seu nome. ... CS 68 1 Mesmo os profetas que eram favorecidos com iluminação especial do Espírito, não compreendiam plenamente a significação das revelações a eles confiadas. O sentido deveria ser desvendado de século em século, à medida que o povo de Deus necessitasse das instruções nelas contidas. ... CS 68 2 Entretanto, ao mesmo tempo em que não era dado aos profetas compreender completamente as coisas que lhes eram reveladas, buscavam fervorosamente obter toda a luz que Deus fora servido tornar manifesta. "Inquiriram e trataram diligentemente", "indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava." Que lição para o povo de Deus na era cristã, para o benefício do qual foram dadas aos Seus servos estas profecias! "Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam." Considerai como os santos homens de Deus "inquiriram e trataram diligentemente", com respeito a revelações que lhes foram dadas para as gerações ainda não nascidas. Comparai seu santo zelo com a descuidada indiferença com que os favorecidos dos últimos séculos tratam este dom do Céu. Que exprobração àquela indiferença comodista e mundana, que se contenta em declarar que as profecias não podem ser compreendidas! A experiência dos apóstolos provê uma lição objetiva CS 68 3 Posto que a mente finita do homem não seja apta a penetrar nos conselhos do Ser infinito, ou compreender completamente a realização de Seus propósitos, muitas vezes é por causa de algum erro ou negligência de sua parte que tão palidamente entendem as mensagens do Céu. Com frequência, a mente do povo, e mesmo dos servos de Deus, se acha tão cegada pelas opiniões humanas, as tradições e falsos ensinos, que apenas pode parcialmente apreender as grandes coisas que Ele revelou em Sua Palavra. Assim foi com os discípulos de Cristo, mesmo quando o Salvador estava com eles em pessoa. Seu espírito se havia imbuído da idéia popular acerca do Messias como príncipe terreno, que exaltaria Israel ao trono do domínio universal, e não compreendiam o sentido de Suas palavras predizendo Seus sofrimentos e morte. CS 68 4 O próprio Cristo os enviara com a mensagem: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho." Marcos 1:15. Aquela mensagem era baseada na profecia de Daniel 9. As sessenta e nove semanas, declarou o anjo, estender-se-iam até "o Messias, o Príncipe" e com grandes esperanças e antecipado gozo aguardavam o estabelecimento do reino do Messias, em Jerusalém, a fim de governar sobre a Terra toda. CS 69 1 Pregaram a mensagem que Cristo lhes confiara, ainda que eles próprios compreendessem mal a sua significação. Ao passo que seu anúncio se baseava em Daniel 9:25, não viam no versículo seguinte do mesmo capítulo que o Messias deveria ser tirado. Desde nascença haviam fixado o coração na antecipada glória de um império terrestre, e isto lhes cegava igualmente a compreensão das especificações da profecia e das palavras de Cristo. CS 69 2 Cumpriram seu dever apresentando à nação judaica o convite de misericórdia e, então, no mesmo tempo em que esperavam ver o Senhor ascender ao trono de Davi, viram-nO ser agarrado como malfeitor, açoitado, escarnecido, condenado e suspenso na cruz do Calvário. Que desespero e angústia oprimia o coração dos discípulos durante os dias em que seu Senhor dormia no túmulo! CS 69 3 Cristo viera no tempo exato, e da maneira predita na profecia. O testemunho das Escrituras fora cumprido em todos os detalhes de Seu ministério. Pregara Ele a mensagem da salvação, e "Sua palavra era com autoridade." O coração de Seus ouvintes havia testemunhado ser ela do Céu. A Palavra e o Espírito de Deus atestavam a missão divina do Filho. ... CS 69 4 O que os discípulos haviam anunciado em nome do Senhor, era correto em todos os pormenores, e os acontecimentos preditos estavam mesmo então a ocorrer. "O tempo está cumprido, o reino de Deus está próximo" -- havia sido a sua mensagem. À terminação do "tempo" -- as sessenta e nove semanas de Daniel 9, as quais se deveriam estender até ao Messias, "o Ungido" -- Cristo recebera a unção do Espírito, depois de batizado por João, no Jordão. E "o reino de Deus", que eles declararam estar próximo, foi estabelecido pela morte de Cristo. Este reino não era, como eles haviam sido ensinados a crer, um domínio terrestre. Tampouco devia ser confundido com o reino futuro, imortal, que será estabelecido quando "o reino, o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo" -- reino eterno, no qual "todos os domínios O servirão e Lhe obedecerão." Daniel 7:27. Conforme é usada na Bíblia, a expressão "reino de Deus" designa tanto o reino da graça como o de glória. O primeiro é apresentado por Paulo na epístola aos hebreus. Depois de apontar para Cristo, o compassivo Intercessor que pode "compadecer-Se de nossas fraquezas", diz o apóstolo: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça." Hebreus 4:16. O trono da graça representa o reino da graça; pois a existência de um trono implica a de um reino. Em muitas parábolas Cristo usa a expressão "o reino dos Céus", para designar a obra da graça divina no coração dos homens. CS 70 1 Assim, o trono de glória representa o reino de glória; e a este reino fazem referências as palavras do Salvador: "Quando o Filho do homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então Se assentará no trono de Sua glória: e todas as nações serão reunidas diante dEle." Mateus 25:31, 32. Este reino está ainda no futuro. Não será estabelecido antes do segundo advento de Cristo. CS 70 2 O reino da graça foi instituído imediatamente depois da queda do homem, quando fora concebido um plano para a redenção da raça culpada. Existiu ele então no propósito de Deus e pela Sua promessa; e mediante a fé os homens podiam tornar-se súditos seus. Contudo, não foi efetivamente estabelecido antes da morte de Cristo. Mesmo depois de entrar para o Seu ministério terrestre, o Salvador, cansado pela obstinação e ingratidão dos homens, poderia ter-Se recusado ao sacrifício do Calvário. No Getsêmani, a taça de amarguras tremia-Lhe na mão. Ele poderia naquele momento ter enxugado o suor de sangue da fronte, abandonado a raça criminosa para que perecesse em sua iniqüidade. Houvesse Ele feito isto, e não teria havido redenção para o homem caído. Quando, porém, o Salvador rendeu a vida, e em Seu último alento clamou: "Está consumado", assegurou-se naquele instante o cumprimento do plano da redenção. Ratificou-se a promessa de libertamento, feita no Éden, ao casal pecador. O reino da graça, que antes existira pela promessa de Deus, foi então estabelecido. CS 70 3 Destarte, a morte de Cristo -- o próprio acontecimento que os discípulos encararam como a destruição final de suas esperanças -- foi o que as confirmou para sempre. Conquanto lhes houvesse acarretado cruel decepção, foi a prova máxima de que sua crença era correta. O acontecimento que os enchera de pranto e desespero, foi o que abrira a porta da esperança a todo filho de Adão, e no qual se centralizava a vida futura e a felicidade eterna de todos os fiéis de Deus, de todos os séculos. ... CS 71 1 Depois de Sua ressurreição Jesus apareceu a Seus discípulos no caminho para Emaús, e, "começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dEle se achava em todas as Escrituras." Lucas 24:27. Comoveu-se o coração dos discípulos. Avivou-se-lhes a fé. Foram "de novo gerados para uma viva esperança", mesmo antes que Jesus Se lhes revelasse. Era propósito de Cristo iluminar-lhes o entendimento, firmando-lhes a fé na "firme palavra da profecia." Desejava que no espírito deles a verdade criasse sólidas raízes, não meramente porque fosse apoiada por Seu testemunho pessoal, mas por causa da evidência inquestionável apresentada pelos símbolos e sombras da lei típica e pelas profecias do Velho Testamento. Era necessário aos seguidores de Cristo ter fé inteligente, não só em favor de si próprios, mas para que pudessem levar o conhecimento de Cristo ao mundo. E, como primeiro passo no comunicar este conhecimento, Jesus encaminhou Seus discípulos para "Moisés e os profetas." Este foi o testemunho dado pelo Salvador ressuscitado quanto ao valor e importância das Escrituras do Velho Testamento. CS 71 2 Que mudança se operou no coração dos discípulos, ao contemplarem mais uma vez o amado semblante do Mestre! Lucas 24:32. Em sentido mais completo e perfeito do que nunca, haviam "achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas." A incerteza, a angústia e o desespero deram lugar à segurança perfeita e esclarecida fé. Não admira que, depois de Sua ascensão, estivessem "sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus." O povo, sabendo apenas da morte ignominiosa do Salvador, procurava ver no rosto deles a expressão de tristeza, confusão e derrota; viam, porém, ali, alegria e triunfo. Que preparo receberam estes discípulos para a obra que se achava diante deles! ... A lição de 1844 CS 71 3 A experiência dos discípulos que pregaram "o evangelho do reino" no primeiro advento de Cristo, teve seu paralelo na experiência dos que proclamaram a mensagem de Seu segundo advento. Assim como saíram os discípulos a pregar: "O tempo está cumprido, o reino de Deus está próximo", Miller e seus companheiros proclamaram que o período profético mais longo e o último apresentado na Bíblia estava a ponto de terminar, que o juízo estava próximo, e que deveria ser inaugurado o reino eterno. A pregação dos discípulos com relação ao tempo, baseava-se nas setenta semanas de Daniel 9. A mensagem apresentada por Miller e seus companheiros anunciava a terminação dos 2.300 dias de Daniel 8:14, dos quais as setenta semanas fazem parte. Cada uma dessas pregações se baseava no cumprimento de uma porção diversa do mesmo grande período profético. CS 72 1 Do mesmo modo que os primeiros discípulos, Guilherme Miller e seus companheiros não compreenderam inteiramente o significado da mensagem que apresentavam. Erros, que havia muito se achavam estabelecidos na igreja, impediam-nos de chegar a uma interpretação correta de um ponto importante da profecia. Portanto, se bem que proclamassem a mensagem que Deus lhes confiara para transmitir ao mundo, em virtude de uma errônea compreensão do sentido, sofreram desapontamento. CS 72 2 Explicando Daniel 8:14 -- "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" -- Miller, conforme já foi declarado, adotou a opinião geralmente mantida de que a Terra é o santuário, crendo que a purificação deste representava a purificação da Terra pelo fogo, à vinda do Senhor. Quando, pois, achou que o termo dos 2.300 dias estava definidamente predito, concluiu que isto revelava o tempo do segundo advento. Seu erro resultou de aceitar a opinião popular quanto ao que constitui o santuário. CS 72 3 No cerimonial típico -- sombra do sacrifício e sacerdócio de Cristo -- a purificação do santuário era o último serviço realizado pelo sumo sacerdote no conjunto anual das cerimônias ministradas. Era a obra encerradora da expiação -- uma remoção ou afastamento do pecado de Israel. Prefigurava a obra final no ministério de nosso Sumo Sacerdote no Céu, pela remoção ou obliteração dos pecados de Seu povo, que se achavam registrados nos relatórios celestiais. Este trabalho envolve uma investigação e um julgamento; e isto precede imediatamente a vinda de Cristo nas nuvens do céu, com poder e grande glória. Quando Ele vier, pois, todos os casos estarão decididos. Diz Jesus: "O Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:12. É esta obra de julgamento, que precede imediatamente a segunda vinda, que é anunciada na mensagem do primeiro anjo de Apocalipse 14:7: "Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo." CS 73 1 Os que proclamaram esta advertência deram a mensagem devida no devido tempo. Mas, assim como os primitivos discípulos baseados na profecia de Daniel 9, declararam -- "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo" -- ao mesmo tempo em que deixaram de perceber que a morte do Messias estava predita na mesma passagem, de igual modo, Miller e seus companheiros pregaram a mensagem baseados em Daniel 8:14 e Apocalipse 14:7, e deixaram de ver que havia ainda outras mensagens apresentadas em Apocalipse 14, que também deveriam ser dadas antes do advento do Senhor. Assim como os discípulos estiveram em erro quanto ao reino a ser estabelecido no fim das setenta semanas, também os adventistas se enganaram em relação ao fato a ocorrer à terminação dos 2.300 dias. Em ambos os casos houve aceitação de erros populares, ou antes, uma advertência a eles, cegando o espírito à verdade. Ambas as classes cumpriram a vontade de Deus, apresentando a mensagem que Ele desejava fosse dada, e ambas, pela sua própria compreensão errônea da respectiva mensagem, sofreram desapontamento. CS 73 2 Não obstante, Deus cumpriu Seu misericordioso propósito, permitindo que a advertência do juízo fosse feita exatamente como o foi. O grande dia estava próximo e, pela providência divina, o povo foi provado em relação ao tempo definido, a fim de que lhes fosse manifesto o que estava em seu coração. A mensagem era destinada à prova e purificação da igreja. Esta deveria ser levada a ver se suas afeições estavam postas neste mundo ou em Cristo e no Céu. Professava amar o Salvador; deveria agora provar seu amor. Estavam os crentes dispostos a renunciar às esperanças e ambições mundanas, acolhendo com alegria o advento do Senhor? A mensagem tinha por fim habilitá-los a discernir seu verdadeiro estado espiritual; foi misericordiosamente enviada a fim de despertá-los para que buscassem o Senhor com arrependimento e humilhação. CS 73 3 O desapontamento, outrossim, embora resultado da compreensão errônea, por parte dos crentes, da mensagem que apresentavam, deveria redundar para o bem. Poria à prova o coração dos que haviam professado receber a advertência. Em face de seu desapontamento, abandonariam eles temerariamente sua experiência cristã, renunciando à confiança na Palavra de Deus? ou procurariam, com oração e humildade, discernir em que tinham deixado de compreender o significado da profecia? Quantos haviam sido movidos pelo temor, por um impulso do momento ou excitação? Quantos eram de ânimo indeciso e incrédulos? Multidões professavam amar o aparecimento do Senhor, Quando chamadas a suportar o escárnio e o opróbrio do mundo, e a prova da demora e do desapontamento, porventura renunciariam à fé? Por que não compreendessem de pronto o trato de Deus, rejeitariam essas pessoas verdades sustentadas pelo mais claro testemunho da Palavra divina? CS 74 1 Esta prova revelaria a força dos que com fé verdadeira haviam obedecido ao que acreditavam ser o ensino da Palavra e do Espírito de Deus. Ensinar-lhes-ia -- o que unicamente tal experiência poderia fazer -- o perigo de aceitar as teorias e interpretações de homens, em vez de fazer com que a Bíblia seja seu próprio intérprete. Aos filhos da fé, a perplexidade e tristeza resultantes de seu erro operariam a necessária correção. Seriam levados a um estudo mais acurado da Palavra profética; seriam ensinados a examinar mais cuidadosamente o fundamento de sua fé, e rejeitar tudo que, conquanto amplamente aceito pelo cristianismo, não estivesse fundamentado nas Escrituras da verdade. CS 74 2 Para estes crentes, assim como para os primeiros discípulos, o que na hora da provação lhes parecia obscuro à inteligência, mais tarde se faria claro. Quando vissem o "fim do Senhor" [Tiago 5:11], saberiam que, apesar da provação resultante de seus erros, os divinos propósitos de amor para com eles estiveram continuamente a cumprir-se. Aprenderiam por uma bendita experiência que Ele é "muito misericordioso e piedoso"; que todos os Seus caminhos "são misericórdia e verdade para aqueles que guardam o Seu concerto e os Seus testemunhos." -- O Grande Conflito, 342-353. ------------------------Capítulo 7 -- O fim dos 2300 dias de Daniel 8:14 CS 77 1 Na profecia da mensagem do primeiro anjo, no capítulo 14 de Apocalipse, é predito um grande despertamento religioso sob a proclamação da breve vinda de Jesus. É visto um anjo a voar "pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo." "Com grande voz" ele proclama a mensagem: "Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:6, 7. CS 77 2 É significativo o fato de afirmar-se ser um anjo o arauto desta advertência. Pela pureza, glória e poder do mensageiro celestial, a sabedoria divina foi servida de representar o caráter exaltado da obra a cumprir-se pela mensagem, e o poder e glória que a deveriam acompanhar. E o vôo do anjo "pelo meio do céu", "a grande voz" com que é proferida a advertência, e sua proclamação a todos os "que habitam sobre a Terra", "a toda a nação, e tribo, e língua, e povo", evidenciam a rapidez e extensão mundial do movimento. ... CS 77 3 Como a grande reforma do século dezesseis, o movimento do advento apareceu simultaneamente em vários países da cristandade. Tanto na Europa como na América, homens de fé e oração foram levados a estudar as profecias e, seguindo o relatório inspirado, viram provas convincentes de que o fim de todas as coisas estava próximo. Em diferentes países houve grupos isolados de cristãos que, unicamente pelo estudo das Escrituras, creram na proximidade do advento do Salvador. ... CS 78 1 A Guilherme Miller e seus cooperadores coube a pregação desta advertência na América. Este país se tornou o centro da grande obra do advento. Foi aqui que a profecia da mensagem do primeiro anjo teve o cumprimento mais direto. Os escritos de Miller e seus companheiros foram levados a países distantes. Em todo o mundo, onde quer que houvessem penetrado missionários, para ali se enviaram as alegres novas da breve volta de Cristo. Por toda parte se propagou a mensagem do evangelho eterno: "Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo." ... Aguardando em calma expectação CS 78 2 Com inexprimível desejo, os que haviam recebido a mensagem aguardavam a vinda do Salvador. O tempo em que esperavam encontrar-se com Ele estava às portas. Com calma e solenidade viam aproximar-se a hora. Permaneciam em doce comunhão com Deus, como que antegozando a paz que desfrutariam no glorioso porvir. Pessoa alguma que haja experimentado esta confiante esperança, poderá esquecer-se daquelas preciosas horas de expectativa. Algumas semanas antes do tempo, as ocupações seculares foram em sua maior parte postas de lado. Como se estivessem no leito da morte, e devessem dentro de poucas horas cerrar os olhos às cenas terrestres, os crentes sinceros examinavam cuidadosamente todos os pensamentos e emoções de seu coração. Não houve confecção de "vestes para a ascensão"; todos sentiam, porém, a necessidade de evidência íntima de que estavam preparados para encontrar-se com o Salvador; suas vestes brancas eram a pureza da alma -- o caráter purificado do pecado pelo sangue expiatório de Cristo. Oxalá ainda houvesse entre o povo professo de Deus o mesmo espírito de exame do coração, a mesma fé, ardorosa e resoluta. Houvessem eles desta maneira continuado a humilhar-se perante o Senhor, a instar com suas petições no propiciatório, e estariam de posse de uma experiência muito mais rica do que aquela que ora possuem. Há muito pouca oração, muita falta de verdadeira convicção do pecado, e a ausência de uma fé viva deixa a muitos destituídos da graça tão ricamente provida por nosso Redentor. CS 79 1 Deus intentara provar o Seu povo. Sua mão ocultou um erro no cômputo dos períodos proféticos. Os adventistas não descobriram esse erro; tampouco foi descoberto pelos mais instruídos de seus oponentes. Estes últimos diziam: "Vossa contagem dos períodos proféticos é correta. Qualquer grande acontecimento está prestes a ocorrer; mas não é o que o Sr. Miller prediz: é a conversão do mundo, e não o segundo advento de Cristo." CS 79 2 Passou-se o tempo de expectação e Cristo não apareceu para o libertamento de Seu povo. Os que com fé e amor sinceros haviam esperado o Salvador, experimentaram amargo desapontamento. Todavia, os propósitos de Deus se cumpriam: estava Ele a provar o coração dos que professavam estar à espera de Seu aparecimento. Muitos havia, entre eles, que não tinham sido constrangidos por motivos mais elevados do que o medo. A profissão de fé não lhes transformara o coração nem a vida. Não se realizando o acontecimento esperado, declararam essas pessoas que não se achavam decepcionadas; nunca tinham crido que Cristo viria. Contavam-se entre os primeiros a ridicularizar a tristeza dos verdadeiros crentes. CS 79 3 Mas Jesus e toda a hoste celestial olhavam com amor e simpatia para os provados e fiéis, embora decepcionados. Pudesse descerrar-se o véu que separava o mundo visível do invisível, e ter-se-iam visto anjos aproximando-se daquelas almas constantes, escudando-as dos dardos de Satanás. -- O Grande Conflito, 354-373. Reexaminadas as escrituras CS 79 4 Quando se passou o tempo em que pela primeira vez se esperou a vinda do Senhor, na primavera de 1844, os que pela fé haviam aguardado o Seu aparecimento ficaram por algum tempo envoltos em perplexidade e dúvida. Embora o mundo os considerasse inteiramente derrotados, e julgasse provado que tivessem seguido uma ilusão, sua fonte de consolo era ainda a Palavra de Deus. Muitos continuaram a investigar as Escrituras, examinando de novo as provas de sua fé, e estudando cuidadosamente as profecias para obterem mais luz. O testemunho da Bíblia em apoio de sua atitude parecia claro e concludente. Sinais que não poderiam ser mal compreendidos apontavam para a vinda de Cristo como estando próxima. A bênção especial do Senhor, tanto na conversão de pecadores como no avivamento da vida espiritual, entre os cristãos, havia testificado que a mensagem era do Céu. E, posto que os crentes não pudessem explicar o desapontamento, sentiam-se seguros de que Deus os guiara na experiência por que haviam passado. CS 80 1 Entretecida com as profecias que tinham considerado como tendo aplicação ao tempo do segundo advento, havia instrução especialmente adaptada ao seu estado de incerteza e indecisão e que os animava a esperar pacientemente na fé segundo a qual o que então lhes era obscuro à inteligência se faria claro no tempo devido. ... CS 80 2 No verão de 1844, período de tempo intermediário entre a época em que, a princípio, se supusera devessem terminar os 2.300 dias, e o outono do mesmo ano, até onde, segundo mais tarde se descobriu, deveriam eles chegar, a mensagem foi proclamada nos próprios termos das Escrituras: "Aí vem o Esposo!" CS 80 3 O que determinou este movimento foi descobrir-se que o decreto de Artaxerxes para a restauração de Jerusalém, o qual estabelecia o ponto de partida para o período dos 2.300 dias, entrou em vigor no outono do ano 457 antes de Cristo, e não no começo do ano, conforme anteriormente se havia crido. Contando no outono de 457, os 2.300 anos terminariam no outono de 1844. Tipos no serviço do santuário CS 80 4 Argumentos aduzidos dos símbolos do Velho Testamento apontavam também para o outono como o tempo em que deveria ocorrer o acontecimento representado pela "purificação do santuário." Isto se tornou muito claro ao dar-se atenção à maneira por que os símbolos relativos ao primeiro advento de Cristo se haviam cumprido. CS 80 5 A morte do cordeiro pascal era sombra da morte de Cristo. Diz Paulo: "Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós." 1 Coríntios 5:7. O molho das primícias, que por ocasião da Páscoa era movido perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de Cristo. ... CS 80 6 Aqueles símbolos se cumpriram, não somente quanto ao acontecimento mas também quanto ao tempo. No dia catorze do primeiro mês judaico, no mesmo dia e mês em que, durante quinze longos séculos, o cordeiro pascal havia sido morto, Cristo, tendo comido a Páscoa com os discípulos, instituiu a solenidade que deveria comemorar Sua própria morte como o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." Naquela mesma noite Ele foi tomado por mãos ímpias, para ser crucificado e morto. E, como o antítipo dos molhos que eram agitados, nosso Senhor ressurgiu dentre os mortos ao terceiro dia, como -- "as primícias dos que dormem" (1 Coríntios 15:20), exemplo de todos os ressuscitados justos, cujo "corpo abatido" será transformado, "para ser conforme o Seu corpo glorioso." Filipenses 3:21. CS 81 1 De igual maneira, os tipos que se referem ao segundo advento devem cumprir-se ao tempo designado no culto simbólico. No cerimonial mosaico, a purificação do santuário, ou o grande dia da expiação, ocorria no décimo dia do sétimo mês judaico (Levítico 16:29-34), dia em que o sumo sacerdote, tendo feito expiação por todo o Israel, e assim removido seus pecados do santuário, saía e abençoava o povo. Destarte, acreditava-se que Cristo, nosso Sumo Sacerdote, apareceria para purificar a Terra pela destruição do pecado e pecadores, e glorificar com a imortalidade a Seu povo expectante. O décimo dia do sétimo mês, o grande dia da expiação, tempo da purificação do santuário, que no ano 1844 caía no dia vinte e dois de Outubro, foi considerado como o tempo da vinda do Senhor. Isto estava de acordo com as provas já apresentadas, de que os 2.300 dias terminariam no outono, e a conclusão parecia irresistível. ... CS 81 2 Cuidadosa e solenemente os que receberam a mensagem chegaram ao tempo em que esperavam encontrar-se com o Senhor. Sentiam como primeiro dever, cada manhã, obter a certeza de estar aceitos por Deus. De corações intimamente unidos, oravam muito uns com os outros e uns pelos outros. A fim de ter comunhão com Deus, reuniam-se muitas vezes em lugares isolados, e dos campos ou dos bosques as vozes de intercessão ascendiam ao Céu. A certeza da aprovação do Salvador era-lhes mais indispensável do que o pão cotidiano; e, se alguma nuvem lhes toldava o espírito, não descansavam enquanto não fosse dissipada. Sentindo o testemunho da graça perdoadora, almejavam contemplar Aquele que de sua alma era amado. Desapontados, mas confiantes na inabalável palavra de Deus CS 81 3 Mas, de novo estavam destinados ao desapontamento. O tempo de expectação passou e o Salvador não apareceu. Com inabalável confiança tinham aguardado Sua vinda, e agora experimentavam o mesmo sentimento de Maria quando, indo ao túmulo do Salvador e encontrando-o vazio, exclamou em pranto: "Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram." João 20:13. ... CS 82 1 O mundo estivera a olhar, na expectativa de que, se o tempo passasse e Cristo não aparecesse, todo o sistema do adventismo seria abandonado. Mas, enquanto muitos, sob forte tentação, deixaram a fé, alguns houve que permaneceram firmes. Os frutos do movimento adventista: o espírito de humildade e exame de coração, de renúncia ao mundo e reforma da vida, acompanharam a obra, testificando que esta era de Deus. Não ousavam os fiéis negar que o poder do Espírito Santo acompanhara a pregação do segundo advento, e não podiam descobrir erro algum na contagem dos períodos proféticos. Os mais hábeis de seus oponentes não conseguiram subverter-lhes o sistema de interpretação profética. Não poderiam consentir, sem prova bíblica, em renunciar posições que tinham sido atingidas por meio de ardoroso e devoto estudo das Escrituras, feito por inteligências iluminadas pelo Espírito de Deus, e corações ardentes de Seu vivo poder; posições que tinham resistido à critica mais severa e à mais amarga oposição dos mestres religiosos do povo e dos sábios deste mundo, e que haviam permanecido firmes ante as forças combinadas do saber e da eloqüência, contra a chufa e zombaria tanto das pessoas de reputação como do vulgo. CS 82 2 Verdade é que houve erro quanto ao acontecimento esperado, mas mesmo isto não podia abalar-lhes a fé na Palavra de Deus. ... CS 82 3 Deus não abandonou Seu povo; Seu Espírito ainda permaneceu com os que não negaram temerariamente a luz que tinham recebido, nem acusaram o movimento adventista. Na epístola aos Hebreus existem palavras de animação e advertência para os provados e expectantes nesta crise: "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma." Hebreus 10:35-39. CS 83 1 Que este aviso se dirige à igreja dos últimos dias, é evidente das palavras que apontam para a proximidade da vinda do Senhor: "Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." E claramente se subentende que haveria uma aparente tardança, e que pareceria demorar-Se o Senhor. A instrução aqui proporcionada adapta-se especialmente à experiência dos adventistas naquele tempo. O povo, a que a passagem aqui se refere, estava em perigo de naufragar na fé. Tinham feito a vontade de Deus, seguindo a guia de Seu Espírito e Sua Palavra; não podiam, contudo, entender-Lhe o propósito na experiência passada, tampouco discernir o caminho diante deles; e eram tentados a duvidar de que Deus, em verdade, os estivesse a dirigir. A esse tempo se aplicavam as palavras: "Mas o justo viverá da fé." Dado o fato de haver a brilhante luz do "clamor da meia-noite" lhes resplandecido no caminho e terem visto descerrarem-se as profecias, e em rápido cumprimento os sinais que declaravam estar próximo a vinda de Cristo, haviam caminhado, por assim dizer, pela vista. Agora, porém, abatidos por verem frustradas as esperanças, unicamente pela fé em Deus e em Sua Palavra poderiam permanecer em pé. O mundo escarnecedor dizia: "Fostes enganados. Abandonai vossa fé e dizei que o movimento do advento foi de Satanás." Declarava, porém, a Palavra de Deus: "Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele." Renunciar então à fé e negar o poder do Espírito Santo, que acompanhara a mensagem, seria recuar para a perdição. Eram acoroçoados à firmeza pelas palavras de Paulo: "Não rejeiteis pois a vossa confiança"; "necessitais de paciência", "porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." A única maneira segura de proceder era reter a luz que já haviam recebido de Deus, apegar-se firmemente às Suas promessas e continuar a examinar as Escrituras, esperando e vigiando pacientemente, a fim de receber mais luz. -- O Grande Conflito, 390-407. ------------------------Capítulo 8 -- O glorioso templo no céu CS 85 1 A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé do advento, foi: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Daniel 8:14. Estas palavras haviam sido familiares a todos os crentes na próxima vinda do Senhor. Era esta profecia repetida pelos lábios de milhares, como a senha de sua fé. Todos sentiam que dos acontecimentos nela preditos dependiam suas mais brilhantes expectativas e mais acariciadas esperanças. Ficara demonstrado que esses dias proféticos terminariam no outono de 1844. Em conformidade com o resto do mundo cristão, os adventistas admitiam, nesse tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, era o santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último grande dia, e que ocorreria por ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à Terra em 1844. CS 85 2 Mas o tempo indicado passou e o Senhor não apareceu. Os crentes sabiam que a Palavra de Deus não poderia falhar; deveria haver engano na interpretação da profecia; onde, porém, estava o engano? Muitos cortaram temerariamente o nó da dificuldade, negando que os 2.300 dias terminassem em 1844. Nenhuma razão se poderia dar para isto, a não ser que Cristo não viera na ocasião em que O esperavam. Argumentavam que, se os dias proféticos houvessem terminado em 1844, Cristo teria então voltado para purificar o santuário mediante a purificação da Terra pelo fogo; e, visto que Ele não aparecera, os dias não poderiam ter terminado. Integridade dos períodos proféticos CS 86 1 Aceitar esta conclusão equivalia a renunciar aos cômputos anteriores dos períodos proféticos. Verificara-se que os 2.300 dias começavam quando a ordem de Artaxerxes para a restauração e edificação de Jerusalém entrou em vigor, no outono de 457 antes de Cristo. Tomando isto como ponto de partida, havia perfeita harmonia na aplicação de todos os acontecimentos preditos na explicação daquele período de Daniel, capítulo 9, versos 25-27. Sessenta e nove semanas, os primeiros 483 anos dos 2.300, deveriam estender-se até o Messias, o Ungido; e o batismo e unção de Cristo, pelo Espírito Santo, no ano 27 de nossa era, cumpriu exatamente esta especificação. No meio da setuagésima semana o Messias deveria ser tirado. Três e meio anos depois de Seu batismo, na primavera do ano 31, Cristo foi crucificado. As setenta semanas, ou 490 anos, deveriam pertencer especialmente aos judeus. Ao expirar este período, a nação selou sua rejeição de Cristo, pela perseguição de Seus discípulos, e, no ano 34, os apóstolos voltaram-se para os gentios. Havendo terminado os primeiros 490 anos dos 2.300, restavam ainda 1.810 anos. Contando-se desde o ano 34 de nossa era, 1.810 anos se estendem até 1844. "Então", disse o anjo, "o santuário será purificado." Todas as especificações precedentes da profecia se cumpriram, inquestionavelmente, no tempo designado. CS 86 2 Nesse cálculo, tudo era claro e harmonioso, exceção feita de não se ter visto em 1844 nenhum acontecimento que correspondesse à purificação do santuário. Negar que os dias terminaram naquele tempo equivalia a envolver em confusão todo o assunto e renunciar a posições que tinham sido estabelecidas por insofismáveis cumprimentos de profecia. CS 86 3 Deus, porém, estivera a dirigir o. Seu povo no grande movimento adventista; Seu poder e glória haviam acompanhado a obra, e Ele não permitiria que ela finalizasse em trevas e desapontamento, para que fosse vituperada como falsa excitação fanática. Não deixaria Sua Palavra envolta em dúvida e incerteza. Posto que muitos abandonassem a anterior contagem dos períodos proféticos, negando a exatidão do movimento nela baseada, outros não estavam dispostos a renunciar a pontos de fé e experiência que eram apoiados pelas Escrituras e pelo testemunho do Espírito de Deus. Criam ter adotado, no estudo das profecias, sólidos princípios de interpretação, sendo o seu dever reter firmemente as verdades já adquiridas e continuar o mesmo método de exame bíblico. Com fervorosa oração examinaram sua atitude e estudaram as Escrituras para descobrir onde haviam errado. Como não pudessem ver engano algum no cômputo dos períodos proféticos, foram levados a examinar mais particularmente o assunto do santuário. O santuário no velho concerto CS 87 1 Aprenderam, em suas investigações, que não há nas Escrituras prova que apóie a idéia popular de que a Terra é o santuário; acharam, porém, na Bíblia uma completa explicação do assunto do santuário, quanto à sua natureza, localização e serviços, sendo o testemunho dos escritores sagrados tão claro e amplo, que punha o assunto acima de qualquer dúvida. O apóstolo Paulo, na epístola aos Hebreus, diz: "Ora também o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição, ao que se chama santuário. Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor: em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto; e sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório." Hebreus 9:1-5. CS 87 2 O santuário, a que Paulo aqui se refere, era o tabernáculo construído por Moisés, por ordem de Deus, como a morada terrestre do Altíssimo. "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8), foi a determinação de Deus a Moisés, enquanto este se achava com Ele no monte. Os israelitas estavam a jornadear pelo deserto, e o tabernáculo foi construído de maneira que pudesse ser levado de um lugar para outro; não obstante, sua estrutura era de grande magnificência. ... CS 87 3 Depois da localização dos hebreus em Canaã, o tabernáculo foi substituído pelo templo de Salomão, que, conquanto fosse uma estrutura permanente e de maior escala, observava as mesmas proporções e era guarnecido de modo semelhante. Sob esta forma existiu o santuário até a sua destruição pelos romanos, no ano 70 de nossa era, exceção feita no tempo em que jazeu em ruínas, durante a época de Daniel. CS 88 1 Este é o único santuário que já existiu na Terra, de que a Bíblia nos dá alguma informação. Declarou Paulo ser ele o santuário do primeiro concerto. Mas não tem santuário o novo concerto? O santuário do novo concerto no céu CS 88 2 Volvendo novamente ao livro de Hebreus, os inquiridores da verdade acharam, subentendida nas palavras de Paulo já citadas, a existência de um segundo santuário, ou santuário do novo concerto: "Ora também o primeiro tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre." E o uso da palavra "também" exige que Paulo haja anteriormente feito menção deste santuário. Voltando-se ao princípio do capítulo precedente, lê-se: "Ora a suma do que temos dito é que temos um Sumo Sacerdote tal, que está assentado nos Céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem." Hebreus 8:1, 2. CS 88 3 Aqui se revela o santuário do novo concerto. O santuário do primeiro concerto foi fundado pelo homem, construído por Moisés; este último foi fundado pelo Senhor, e não pelo homem. Naquele santuário os sacerdotes terrestres efetuavam o seu culto; neste, Cristo, nosso Sumo Sacerdote, ministra à destra de Deus. Um santuário estava na Terra, o outro no Céu. CS 88 4 Demais, o tabernáculo construído por Moisés foi feito segundo um modelo. O Senhor lhe ordenou: "Conforme a tudo o que Eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus vasos, assim mesmo o fareis." E novamente foi dada a ordem: "Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte." Êxodo 25:9, 40. E Paulo diz que o primeiro tabernáculo era "uma alegoria para o tempo presente em que se ofereciam dons e sacrifícios"; que seus lugares santos eram "figuras das coisas que estão nos Céus"; que os sacerdotes que ofereciam dons segundo a lei, serviam de "exemplar e sombra das coisas celestiais", e que Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." Hebreus 9:9, 23; 8:5; 9:24. As glórias do santuário terrestre e o templo celestial CS 89 1 O santuário do Céu, no qual Jesus ministra em nosso favor, é o grande original, de que o santuário construído por Moisés foi uma cópia. ... CS 89 2 O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o trono de Deus. A morada do Rei dos reis, em que milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão em pé diante dEle (Daniel 7:10), sim, aquele templo, repleto da glória do trono eterno, onde serafins, seus resplandecentes guardas, velam a face em adoração -- não poderia encontrar na estrutura mais magnificente que hajam erigido as mãos humanas, senão pálido reflexo de sua imensidade e glória. Contudo, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali levada a efeito pela redenção do homem, eram ensinadas pelo santuário terrestre e seu culto. CS 89 3 Os lugares santos do santuário celeste são representados pelos dois compartimentos do santuário terrestre. Sendo, em visão, concedido ao apóstolo João vislumbrar o templo de Deus nos Céus, contemplou ele, ali, "sete lâmpadas de fogo" que "diante do trono ardiam." Apocalipse 4:5. Viu um anjo, "tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono." Apocalipse 8:3. Foi permitido ao profeta contemplar o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de fogo", e o "altar de ouro", representados pelo castiçal de ouro e altar de incenso, do santuário terrestre. De novo, "abriu-se no Céu o templo de Deus" (Apocalipse 11:19), e ele olhou para dentro do véu interior, ao lugar santíssimo. Ali viu "a arca do Seu concerto", representada pelo receptáculo sagrado, construído por Moisés, para guardar a lei de Deus. CS 89 4 Assim, os que estavam a estudar o assunto encontraram prova indiscutível da existência de um santuário no Céu. Moisés fez o santuário terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado. Paulo ensina que aquele modelo era o verdadeiro santuário que está no Céu. E João dá testemunho de que o viu no Céu. O ministério de Cristo no santuário celestial CS 89 5 No templo celestial, morada de Deus, acha-se o Seu trono, estabelecido em justiça e juízo. No lugar santíssimo está a Sua lei, a grande regra da justiça, pela qual a humanidade toda é provada. A arca que encerra as tábuas da lei se encontra coberta pelo propiciatório, diante do qual Cristo, pelo Seu sangue, pleiteia em prol do pecador. Assim se representa a união da justiça com a misericórdia no plano da redenção humana. Somente a sabedoria infinita poderia conceber esta união, e o poder infinito realizá-la; é uma união que enche o Céu todo de admiração e adoração. Os querubins do santuário terrestre, olhando reverentemente para o propiciatório, representam o interesse com que a hoste celestial contempla a obra da redenção. Este é o mistério da misericórdia a que os anjos desejam atentar: que Deus pode ser justo, ao mesmo tempo em que justifica o pecador arrependido e renova Suas relações com a raça decaída; que Cristo pode humilhar-Se para erguer inumeráveis multidões do abismo da ruína e vesti-las com vestes imaculadas de Sua própria justiça, a fim de se unirem aos anjos que jamais caíram e habitarem para sempre na presença de Deus. CS 90 1 A obra de Cristo como intercessor do homem é apresentada na bela profecia de Zacarias, relativa Àquele, "cujo nome é Renovo." Diz o profeta: "Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e levará a glória, e assentar-Se-á, e dominará no Seu trono, e será sacerdote no Seu trono, e conselho de paz haverá entre eles ambos." Zacarias 6:13. CS 90 2 "Ele mesmo edificará o templo do Senhor." Pelo Seu sacrifício e mediação, Cristo é tanto o fundamento como o edificador da igreja de Deus. O apóstolo Paulo indica-O como "a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós", diz ele, "juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito." Efésios 2:20-22. CS 90 3 Ele "levará a glória". A Cristo pertence a glória da redenção da raça decaída. Através das eras eternas, o cântico dos resgatados será: "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, ... a Ele glória e poder para todo o sempre." Apocalipse 1:5, 6. CS 90 4 "E assentar-Se-á, e dominará no Seu trono, e será sacerdote no Seu trono." Agora não está "no trono de Sua glória"; o reino de glória ainda não foi inaugurado. Antes que termine a Sua obra como mediador, não Lhe dará Deus "o trono de Davi, Seu pai", reino que "não terá fim." Lucas 1:32, 33. Como sacerdote. Cristo hoje está assentado com o Pai em Seu trono. Apocalipse 3:21. No trono, com o Ser eterno e existente por Si mesmo, é Ele o que "tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si"; que "em tudo foi tentado, mas sem pecado"; para que possa "socorrer aos que são tentados." "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai." Isaías 53:4; Hebreus 4:15; 2:18; 1 João 2:1. Sua intercessão é a de um corpo ferido e quebrantado, de uma vida imaculada. As mãos feridas, o lado traspassado, os pés cravejados, pleiteiam pelo homem decaído, cuja redenção foi comprada com tão infinito preço. CS 91 1 "E conselho de paz haverá entre Eles ambos." O amor do Pai, não menos que o do Filho, é o fundamento da salvação para a raça perdida. Disse Jesus aos discípulos, antes de Se retirar deles: "Não vos digo que Eu rogarei por vós ao Pai; pois o mesmo Pai vos ama." João 16:26, 27. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo." 2 Coríntios 5:19. E no ministério do santuário, no Céu, "conselho de paz haverá entre Eles ambos." "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Identificando o santuário de Daniel 8:14 CS 91 2 A pergunta: -- Que é o santuário? -- é claramente respondida nas Escrituras. O termo "santuário", conforme é empregado na Bíblia, refere-se primeiramente, ao tabernáculo construído por Moisés, como figura das coisas celestiais; e, em segundo lugar, ao "verdadeiro tabernáculo", no Céu, para o qual o santuário terrestre apontava. À morte de Cristo, terminou o serviço típico. O "verdadeiro tabernáculo", no Céu é o santuário do novo concerto. E como a profecia de Daniel, capítulo 8, verso 14, se cumpre nesta dispensação, o santuário a que ela se refere deve ser o santuário do novo concerto. Ao terminarem os 2.300 dias, em 1844, já por muitos séculos não havia santuário sobre a Terra. Destarte, a profecia -- "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado", aponta inquestionavelmente para o santuário do Céu. CS 91 3 A questão mais importante, porém, ainda está para ser respondida: -- Que é a purificação do santuário? Que houve tal cerimônia com referência ao santuário terrestre, acha-se declarado nas Escrituras do Velho Testamento. Mas poderá no Céu haver alguma coisa a ser purificada? No capítulo 9 de Hebreus a purificação do santuário terrestre, bem como do celestial, encontra-se plenamente ensinada. "Quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no Céu assim se purificassem [com sangue de animais]; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes" (Hebreus 9:22, 23), ou seja, com o precioso sangue de Cristo. Lições práticas dos tipos CS 92 1 A purificação, tanto no serviço típico como no real, deveria executar-se com sangue: no primeiro com sangue de animais, no último com o sangue de Cristo. Paulo declara, como razão por que esta purificação deve ser efetuada com sangue, que sem derramamento de sangue não há remissão. Remissão, ou ato de lançar fora o pecado, é a obra a efetuar-se. Mas, como poderia haver pecado em relação com o santuário, quer no Céu quer na Terra? Isto se pode compreender por uma referência ao culto simbólico; pois que os sacerdotes que oficiavam na Terra serviam de "exemplar e sombra das coisas celestiais." Hebreus 8:5. CS 92 2 O serviço no santuário terrestre dividia-se em duas partes: os sacerdotes ministravam diariamente no lugar santo, ao passo que uma vez ao ano o sumo sacerdote efetuava uma obra especial de expiação no lugar santíssimo, para a purificação do santuário. Dia após dia, o pecador arrependido levava sua oferta à porta do tabernáculo, e, colocando a mão sobre a cabeça da vítima, confessava seus pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o sacrifício inocente. O animal era então morto. "Sem derramamento de sangue", diz o apóstolo, "não há remissão de pecado." "A vida da carne está no sangue." Levítico 17:11. A lei de Deus, sendo violada, exige a vida do transgressor. O sangue, representando a vida que o pecador perdera, pecador cuja culpa a vítima arrostava, era levado pelo sacerdote ao lugar santo e aspergido diante do véu, atrás do qual estava a arca contendo a lei que o pecador transgredira. Por esta cerimônia, o pecado transferia-se, mediante o sangue, em figura, para o santuário. Em alguns casos o sangue não era levado para o lugar santo; mas a carne deveria então ser comida pelo sacerdote, conforme Moisés determinou aos filhos de Arão, dizendo: "O Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniquidade da congregação." Levítico 10:17. Ambas as cerimônias simbolizavam, de igual modo, a transferência do pecado do penitente para o santuário. CS 93 1 Esta era a obra que, dia após dia, se prolongava por todo o ano. Os pecados de Israel eram assim transferidos para o santuário, e uma obra especial se tornava necessária para a sua remoção. Deus ordenou que fosse feita expiação para cada um dos compartimentos sagrados. "Fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e assim fará para a tenda da congregação que mora com eles no meio das suas imundícias." Devia também ser feita expiação pelo altar, para o purificar e santificar das imundícias dos filhos de Israel. Levítico 16:16-19. CS 93 2 Uma vez por ano, no grande dia da expiação, o sacerdote entrava no lugar santíssimo para a purificação do santuário. A obra ali efetuada completava o ciclo anual do ministério. No dia da expiação dois bodes eram trazidos à porta do tabernáculo, e lançavam-se sortes sobre eles, "uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário." Levítico 16:8. O bode, sobre o qual caía a sorte do Senhor, deveria ser morto como oferta pelo pecado do povo. E devia o sacerdote trazer o sangue do bode para dentro do véu e aspergi-lo sobre o propiciatório e diante do propiciatório. Devia também aspergir o sangue sobre o altar de incenso, que estava diante do véu. CS 93 3 "E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e envia-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso. Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária." Levítico 16:21, 22. O bode emissário não mais vinha ao acampamento de Israel, e exigia-se que o homem, que o levara, lavasse com água a si e suas vestes, antes de voltar ao acampamento. CS 93 4 Toda esta cerimônia tinha por fim impressionar os israelitas com a santidade de Deus e o Seu horror ao pecado; e, demais, mostrar-lhes que não poderiam entrar em contato com o pecado sem se poluir. Exigia-se que, enquanto a obra de expiação se efetuava, cada homem afligisse a alma. Todas as ocupações deviam ser postas de parte, e toda a congregação de Israel passar o dia em solene humilhação diante de Deus, com oração, jejum e profundo exame de coração. CS 94 1 Importantes verdades concernentes à expiação eram ensinadas pelo culto típico. Um substituto era aceito em lugar do pecador; mas o pecado não se cancelava pelo sangue da vítima. Provia-se, desta maneira, um meio pelo qual era transferido para o santuário. Pelo oferecimento do sangue, o pecador reconhecia a autoridade da lei, confessava sua culpa na transgressão e exprimia o desejo de perdão pela fé num Redentor vindouro; mas não ficava ainda inteiramente livre da condenação da lei. No dia da expiação, o sumo sacerdote, havendo tomado uma oferta da congregação, entrava no lugar santíssimo com o sangue desta oferta, e o aspergia sobre o propiciatório, diretamente sobre a lei, para satisfazer às suas reivindicações. Então, em caráter de mediador, tomava sobre si os pecados e os retirava do santuário. Colocando as mãos sobre a cabeça do bode emissário, confessava todos os pecados, transferindo-os assim, figuradamente, de si para o bode. Este os levava então, e eram considerados como para sempre separados do povo. Apenas um tipo das realidades celestiais CS 94 2 Tal era o serviço efetuado como "exemplar e sombra das coisas celestiais." E o que se fazia tipicamente no ministério do santuário terrestre, é feito na realidade no ministério do santuário celestial. Depois de Sua ascensão, começou nosso Salvador a obra como nosso Sumo Sacerdote. Diz Paulo: "Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." Hebreus 9:24. CS 94 3 O ministério do sacerdote, durante o ano todo, no primeiro compartimento do santuário, "para dentro do véu" que formava a porta e separava o lugar santo do pátio externo, representa o ministério em que entrou Cristo ao ascender ao Céu. Era a obra do sacerdote no ministério diário, a fim de apresentar perante Deus o sangue da oferta pelo pecado, bem como o incenso que ascendia com as orações de Israel. Assim pleiteava Cristo com Seu sangue, perante o Pai, em favor dos pecadores, apresentando também, com o precioso aroma de Sua justiça, as orações dos crentes arrependidos. Esta era a obra ministerial no primeiro compartimento do santuário celeste. CS 94 4 Para ali a fé dos discípulos acompanhou a Cristo, quando, diante de seus olhos, Ele ascendeu. Ali se centralizara sua esperança, e esta esperança, diz Paulo, "temos como âncora da alma segura e firme, e que penetra até o interior do véu, onde Jesus, nosso Precursor, entrou por nós, feito eternamente Sumo Sacerdote." "Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por Seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção." Hebreus 6:19, 20; 9:12. A purificação do santuário celestial CS 95 1 Durante dezoito séculos este ministério continuou no primeiro compartimento do santuário. O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra -- purificar o santuário. CS 95 2 Como antigamente eram os pecados do povo colocados, pela fé, sobre a oferta pelo pecado, e, mediante o sangue desta, transferidos simbolicamente para o santuário terrestre, assim em o novo concerto, os pecados dos que se arrependem são, pela fé, colocados sobre Cristo e transferidos, de fato, para o santuário celeste. E como a purificação típica do santuário terrestre se efetuava mediante a remoção dos pecados pelos quais se poluíra, igualmente a purificação real do santuário celeste deve efetuar-se pela remoção, ou pagamento, dos pecados que ali estão registrados. Mas antes que isto se possa cumprir, deve haver um exame dos livros de registro para determinar quem, pelo arrependimento dos pecados e fé em Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A purificação do santuário, portanto, envolve uma investigação -- um julgamento. Isto deve efetuar-se antes da vinda de Cristo para resgatar Seu povo, pois que, quando vier, Sua recompensa estará com Ele para dar a cada um segundo as suas obras. Apocalipse 22:12. CS 95 3 Destarte, os que seguiram a luz da palavra profética viram que, em vez de vir Cristo à Terra, ao terminarem em 1844 os 2.300 dias, entrou Ele então no lugar santíssimo do santuário celeste, a fim de levar a efeito a obra final da expiação, preparatória à Sua vinda. CS 95 4 Verificou-se também que, ao passo que a oferta pelo pecado apontava para Cristo como um sacrifício, e o sumo sacerdote representava a Cristo como mediador, o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados. Quando o sumo sacerdote, por virtude do sangue da oferta pela transgressão, removia do santuário os pecados, colocava-os sobre o bode emissário. Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado e dos pecadores. -- O Grande Conflito, 408-421. ------------------------Capítulo 9 -- Nosso sumo sacerdote no santo dos santos CS 97 1 O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si e mostrando que a mão de Deus dirigia o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer a lume a posição e obra de Seu povo. Como os discípulos de Jesus, depois da terrível noite de sua angústia e desapontamento, "alegraram-se muito ao verem o Senhor", assim se regozijaram então os que pela fé haviam aguardado o segundo advento. Esperavam que Ele aparecesse em glória, para dar a recompensa a Seus servos. Vendo frustradas suas esperanças, perderam de vista a Jesus e, como Maria, junto ao sepulcro, exclamaram: "Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram." Então, no lugar santíssimo, contemplaram de novo seu compassivo Sumo Sacerdote, prestes a aparecer como Rei e Libertador. A luz proveniente do santuário iluminou o passado, o presente e o futuro. Souberam que Deus os havia guiado por Sua providência infalível. Se bem que, como aconteceu aos primeiros discípulos, não compreendessem a mensagem por eles mesmos comunicada, era esta, no entanto, correta a todos os respeitos. Proclamando-a, tinham cumprido o propósito de Deus, e seu trabalho não havia sido em vão no Senhor. "De novo gerados para uma viva esperança", regozijavam-se "com gozo inefável e glorioso." CS 98 1 Tanto a profecia de Daniel, capítulo 8, verso 14 -- "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" -- como a mensagem do primeiro anjo -- "Temei a Deus e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora de Seu juízo" -- indicavam o ministério de Cristo no lugar santíssimo, o juízo investigativo, e não a vinda de Cristo para resgatar o Seu povo e destruir os ímpios. O engano fora, não na contagem dos períodos proféticos, mas no acontecimento a ocorrer no fim dos 2.300 dias. Por este erro, os crentes sofreram desapontamento; entretanto, cumprira-se tudo que estava predito pela profecia e que podiam eles com autoridade bíblica esperar. Ao mesmo tempo em que lamentavam a derrocada de suas esperanças, transcorrera o acontecimento que fora predito pela mensagem, e que deveria cumprir-se antes que o Senhor aparecesse para recompensar a Seus servos. CS 98 2 Cristo aparecera, não à Terra, como esperavam, mas, conforme fora prefigurado tipicamente, ao lugar santíssimo do templo de Deus, no Céu. É Ele representado, pelo profeta Daniel, como estando a vir, nesse tempo, ao Ancião de dias: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do homem: e dirigiu-Se" -- não à Terra mas -- "ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele." Daniel 7:13. CS 98 3 Esta vinda é também predita pelo profeta Malaquias: "De repente virá ao Seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos exércitos." Malaquias 3:1. A vinda do Senhor a Seu templo foi súbita, inesperada, para Seu povo. Não O buscaram ali. Esperavam que viesse à Terra, "como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho." 2 Tessalonicenses 1:8. CS 98 4 O povo, porém, ainda não estava preparado para encontrar-se com o Senhor. Havia ainda uma obra de preparo a ser por eles cumprida. Ser-lhes-ia proporcionada luz, dirigindo-lhes a mente ao templo de Deus, no Céu; e, ao seguirem eles, pela fé, ao Sumo Sacerdote em Seu ministério ali, novos deveres seriam revelados. Outra mensagem de advertência e instrução deveria dar-se à igreja. CS 98 5 Diz o profeta: "Quem suportará o dia da Sua vinda? E quem subsistirá quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo dos ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-Se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata: então ao Senhor trarão ofertas em justiça." Malaquias 3:2, 3. Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no santuário celestial, deverão, sem mediador, estar em pé na presença do Deus santo. Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue da aspersão. Mediante a graça de Deus e seu próprio esforço diligente, devem eles ser vencedores na batalha contra o mal. Enquanto o juízo de investigação prosseguir no Céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do santuário, deve haver uma obra especial de purificação, ou de afastamento de pecado, entre o povo de Deus na Terra. Esta obra é mais claramente apresentada nas mensagens do capítulo 14 de Apocalipse. CS 99 1 Quando ela se houver realizado, os seguidores de Cristo estarão prontos para o Seu aparecimento. "E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos." Malaquias 3:4. Então a igreja que nosso Senhor deve receber para Si, à Sua vinda, será "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante." Efésios 5:27. Então ela aparecerá "como a alva do dia, formosa como a Lua, brilhante como o Sol, formidável como um exército com bandeiras." Cantares de Salmos 6:10. CS 99 2 Além da vinda do Senhor a Seu templo, Malaquias também prediz o segundo advento, Sua vinda para a execução do juízo, nestas palavras: "E chegar-Me-ei a vós para juízo, serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não Me temem, diz o Senhor dos exércitos." Malaquias 3:5. À mesma cena se refere Judas quando diz: "Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos; para fazer juízo contra todos, e condenar dentre eles todos os ímpios por todas as suas obras de impiedade." Judas 14, 15. Esta vinda, e a vinda do Senhor a Seu templo, são acontecimentos distintos e separados. Fundamentos escriturísticos CS 99 3 A vinda de Cristo ao lugar santíssimo como nosso Sumo Sacerdote, para a purificação do santuário, a que se faz referência em Daniel, capítulo 8, verso 14; a vinda do Filho do homem ao Ancião de dias, conforme se acha apresentada em Daniel, capítulo 7, verso 13; e a vinda do Senhor a Seu templo, predita por Malaquias, são descrições do mesmo acontecimento; e isto é também representado pela vinda do esposo ao casamento, descrita por Cristo na parábola das dez virgens, de Mateus, capítulo 25. CS 100 1 A proclamação: "Aí vem o Esposo!" foi feita no verão de 1844. Desenvolveram-se então as duas classes representadas pelas virgens prudentes e as loucas: uma classe que aguardava com alegria o aparecimento do Senhor, e que se estivera diligentemente preparando para O encontrar; outra classe que, influenciada pelo medo, e agindo por um impulso de momento, se satisfizera com a teoria da verdade, mas estava destituída da graça de Deus. Na parábola, quando o Esposo veio, "as que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas." A vinda do Esposo, aqui referida, ocorre antes das bodas. O casamento representa a recepção do reino por parte de Cristo. A santa cidade, a Nova Jerusalém, que é a capital e representa o reino, é chamada "a esposa, a mulher do Cordeiro." Disse o anjo a João: "Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro." "E levou-me em espírito", diz o profeta, "e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do Céu." Apocalipse 21:9, 10. Claramente, pois, a esposa representa a santa cidade, e as virgens que saem ao encontro do Esposo são símbolo da igreja. No Apocalipse é dito que o povo de Deus são os convidados à ceia das bodas. Apocalipse 19:9. Se são convidados, não podem ser também representados pela esposa. Cristo, conforme foi declarado pelo profeta Daniel, receberá do Ancião de dias, no Céu, "o domínio, e a honra, e o reino"; receberá a Nova Jerusalém, a capital de Seu reino, "adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido." Daniel 7:14; Apocalipse 21:2. Tendo recebido o reino, Ele virá em glória, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, para a redenção de Seu povo, que deve assentar-se "com Abraão, Isaque e Jacó", à Sua mesa, em Seu reino (Mateus 8:11; Lucas 22:30), a fim de participar da ceia das bodas do Cordeiro. CS 100 2 A proclamação: "Aí vem o Esposo!", feita no verão de 1844, levou milhares a esperar o imediato advento do Senhor. No tempo indicado o Esposo veio, não para a Terra, como o povo esperava, mas ao Ancião de dias, no Céu, às bodas, à recepção de Seu reino. "As que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas, e fechou-se a porta." Elas não deveriam estar presentes, em pessoa, nas bodas; pois que estas ocorrem no Céu, ao passo que elas estão na Terra. Os seguidores de Cristo devem esperar "o seu Senhor, quando houver de voltar das bodas." Lucas 12:36. Mas devem compreender o trabalho de Cristo e segui-Lo, pela fé, ao ir Ele perante Deus. É neste sentido que se diz irem eles às bodas. CS 101 1 Na parábola, as que tinham óleo em seus vasos com as lâmpadas, foram as que entraram para as bodas. Os que, com conhecimento da verdade pelas Escrituras, tinham também o Espírito e graça de Deus, e que, na noite de sua amarga prova, esperavam pacientemente, examinando a Bíblia a fim de obterem mais clara luz -- esses viram a verdade relativa ao santuário celestial e a mudança no ministério do Salvador, e pela fé O acompanharam em Sua obra naquele santuário. Todos os que, mediante o testemunho das Escrituras, aceitam as mesmas verdades, seguindo a Cristo pela fé, ao entrar Ele à presença de Deus para efetuar a última obra de mediação, e para, no final dela, receber o Seu reino -- todos esses são representados como estando a ir às bodas. CS 101 2 A mesma figura do casamento é apresentada na parábola do capítulo 22 de Mateus, onde claramente se representa o juízo de investigação como ocorrendo antes das bodas. Previamente às bodas vem o rei para ver os convidados (Mateus 22:11), a fim de verificar se todos têm trajes nupciais, vestes imaculadas do caráter lavado e embranquecido no sangue do Cordeiro. Apocalipse 7:14. O que é encontrado em falta, é lançado fora, mas todos os que, sendo examinados, se verificar terem vestes nupciais, são aceitos por Deus e considerados dignos de participar de Seu reino e assentar-se em Seu trono. Esta obra de exame do caráter, para determinar quem está preparado para o reino de Deus, é a do juízo de investigação, obra final no santuário do Céu. CS 101 3 Quando a obra de investigação se encerrar, examinados e decididos os casos dos que em todos os séculos professaram ser seguidores de Cristo, então, e somente então, se encerrará o tempo da graça, fechando-se a porta da misericórdia. Assim, esta breve sentença -- "As que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas, e fechou-se a porta" -- nos conduz através do ministério final do Salvador, ao tempo em que se completará a grande obra para salvação do homem. Ministério nos dois compartimentos CS 102 1 No cerimonial do santuário terrestre, que, conforme vimos, é uma figura do serviço no santuário celestial, quando o sumo sacerdote no dia da expiação entrava no lugar santíssimo, cessava o ministério no primeiro compartimento. Deus ordenara: "E nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele entrar para fazer propiciação no santuário, até que ele saia." Levítico 16:17. Assim, quando Cristo entrou no lugar santíssimo para efetuar a obra final da expiação, terminou Seu ministério no primeiro compartimento. Mas, quando o ministério no primeiro compartimento terminou, iniciou-se o do segundo compartimento. Quando, no cerimonial típico, o sumo sacerdote deixava o lugar santo no dia da expiação, entrava perante Deus para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todos os israelitas que verdadeiramente se arrependiam de suas transgressões. Assim Cristo apenas completara uma parte de Sua obra como nosso intercessor para iniciar outra, e ainda pleiteia com Seu sangue, perante o Pai, em favor dos pecadores. CS 102 2 Este assunto não foi entendido pelos adventistas em 1844. Depois de passado o tempo em que era esperado nosso Salvador, acreditavam eles ainda estar próxima a Sua vinda; mantinham a opinião de haverem chegado a uma crise importante, e de que cessara a obra de Cristo como intercessor do homem perante Deus. Parecia-lhes ser ensinado na Escritura Sagrada que o tempo de graça do homem terminaria um pouco antes da própria vinda do Senhor nas nuvens do céu. Isto parecia evidenciar-se das passagens que indicam o tempo em que os homens hão de procurar, bater e clamar à porta da graça, mas esta não se abrirá. E surgiu entre eles a questão de saber se a data em que haviam aguardado a vinda de Cristo não marcaria porventura o começo deste período que deveria preceder imediatamente a Sua vinda. Tendo dado a advertência da proximidade do juízo, sentiam que sua obra em favor do mundo se achava feita, e não mais sentiam o dever de trabalhar pela salvação dos pecadores, enquanto o escárnio ousado e blasfemo dos ímpios lhes parecia outra evidência de que o Espírito de Deus Se retirara dos que rejeitavam a misericórdia divina. Tudo isto os confirmava na crença de que o tempo da graça findara, ou como eles então o exprimiam, "a porta da graça se fechara." A abertura de uma outra porta CS 102 3 Uma luz mais clara, porém, surgiu pela investigação do assunto do santuário. Viam agora que estavam certos em crer que o fim dos 2.300 dias em 1844 assinalava uma crise importante. Mas, conquanto fosse verdade que se achasse fechada a porta da esperança e graça pela qual os homens durante mil e oitocentos anos encontraram acesso a Deus, outra porta se abrira, e oferecia-se o perdão dos pecados aos homens, mediante a intercessão de Cristo no lugar santíssimo. Encerrara-se uma parte de Seu ministério apenas para dar lugar a outra. Havia ainda uma "porta aberta" para o santuário celestial, onde Cristo estava a ministrar pelo pecador. CS 103 1 Via-se agora a aplicação das palavras de Cristo no Apocalipse, dirigidas à igreja, nesse mesmo tempo: "Isto diz O que é santo, O que é verdadeiro, O que tem a chave de Davi; O que abre e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre. Eu sei as tuas obras: e eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar." Apocalipse 3:7, 8. CS 103 2 Os que, pela fé, seguem a Jesus na grande obra da expiação, recebem os benefícios de Sua mediação em seu favor; enquanto os que rejeitam a luz apresentada neste ministério não são por ela beneficiados. Os judeus que rejeitaram a luz dada por ocasião do primeiro advento de Cristo e se recusaram a crer nEle como Salvador do mundo, não poderiam receber o perdão por meio dEle. Quando Jesus, depois da ascensão, pelo Seu próprio sangue entrou no santuário celestial, a fim de derramar sobre os discípulos as bênçãos de Sua mediação, os judeus foram deixados em completas trevas, continuando com os sacrifícios e ofertas inúteis. O ministério dos tipos e sombras cessara. A porta pela qual anteriormente os homens encontravam acesso a Deus, não mais se achava aberta. Recusaram-se os judeus a buscá-Lo pelo único meio por que poderia então ser encontrado -- pelo ministério no santuário celestial. Não alcançaram, por conseguinte, comunhão com Deus. Para eles a porta estava fechada. Não conheciam a Cristo como o verdadeiro sacrifício e o único mediador perante Deus; daí o não poderem receber os benefícios de Sua mediação. CS 103 3 O estado dos judeus incrédulos ilustra a condição dos indiferentes e incrédulos entre os professos cristãos, que voluntariamente ignoram a obra de nosso misericordioso Sumo Sacerdote. No cerimonial típico, quando o sumo sacerdote entrava no lugar santíssimo, exigia-se de todos os israelitas que se reunissem em redor do santuário, e do modo mais solene humilhassem a alma perante Deus, para que recebessem o perdão dos pecados e não fossem extirpados da congregação. Quanto mais importante não é que neste dia antitípico da expiação compreendamos a obra de nosso Sumo Sacerdote, e saibamos quais os deveres que de nós se requerem! Trágico resultado da rejeição da mensagem divina de advertência CS 104 1 Os homens não podem impunemente rejeitar as advertências que Deus em Sua misericórdia lhes envia. No tempo de Noé, uma mensagem do Céu foi endereçada ao mundo, e a salvação do povo dependia da maneira como a recebesse. Rejeitada a advertência, o Espírito de Deus foi retirado da raça pecadora, e pereceram nas águas do dilúvio. Nos dias de Abraão, a misericórdia cessou de contender com os culposos habitantes de Sodoma, e todos, com exceção de Ló, a esposa e duas filhas, foram consumidos pelo fogo enviado do Céu. Assim foi nos dias de Cristo. O Filho de Deus declarara aos judeus incrédulos daquela geração: "Vossa casa vai ficar-vos deserta." Mateus 23:38. Olhando através dos tempos para os últimos dias, o mesmo Poder infinito declara a respeito dos que "não receberam o amor da verdade para se salvarem": "Por isso Deus lhe enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade." 2 Tessalonicenses 2:10-12. Sendo rejeitados os ensinos de Sua Palavra, Deus retira o Seu Espírito e os deixa entregues aos enganos que amam. CS 104 2 Cristo, porém, intercede ainda em favor do homem, e luz será concedida aos que a buscam. Posto que isto não fosse a princípio compreendido pelos adventistas, tornou-se mais tarde claro, ao começarem a desvendar-se-lhes as passagens que definem a sua verdadeira posição. CS 104 3 O transcurso do tempo em 1844 foi seguido de um período de grande prova para os que ainda mantinham a fé do advento. Seu único alívio, no que dizia respeito a determinar sua verdadeira posição, era a luz que lhes dirigia o espírito ao santuário celestial. Alguns renunciaram à fé na contagem anterior dos períodos proféticos, e atribuíram a forças humanas ou satânicas a poderosa influência do Espírito Santo que acompanhara o movimento adventista. Outra classe sustentava firmemente que o Senhor os guiara na experiência por que passaram; e, como esperassem, vigiassem e orassem, a fim de conhecer a vontade de Deus, viram que seu grande Sumo Sacerdote começara a desempenhar outra parte do ministério, e, seguindo-O pela fé, foram levados a ver também a obra final da igreja. Obtiveram mais clara compreensão das mensagens do primeiro e segundo anjos, e ficaram habilitados a receber e dar ao mundo a solene advertência do terceiro anjo de Apocalipse, capítulo 14. -- O Grande Conflito, 422-431. O santuário e o Sábado CS 105 1 "Abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo." Apocalipse 11:19. A arca do concerto de Deus está no Santo dos Santos, ou no lugar santíssimo, que é o segundo compartimento do santuário. No ministério do tabernáculo terrestre, que servia como "exemplar e sombra das coisas celestiais", este compartimento se abria somente no grande dia da expiação, para a purificação do santuário. Portanto, o anúncio de que o templo de Deus se abrira no Céu, e de que fora vista a arca de Seu concerto, indica a abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, ao entrar Cristo ali para efetuar a obra finalizadora da expiação. Os que pela fé seguiram seu Sumo Sacerdote, ao iniciar Ele o ministério no lugar santíssimo, contemplaram a arca de Seu concerto. Como houvessem estudado o assunto do santuário, chegaram a compreender a mudança operada no ministério do Salvador, e viram que Ele agora oficiava diante da arca de Deus, pleiteando com Seu sangue em favor dos pecadores. CS 105 2 A arca do tabernáculo terrestre continha as duas tábuas de pedra, sobre as quais se achavam inscritos os preceitos da lei de Deus. A arca era mero receptáculo das tábuas da lei, e a presença desses preceitos divinos é que lhe dava valor e santidade. Quando se abriu o templo de Deus no Céu, foi vista a arca do Seu testemunho. Dentro do Santo dos Santos, no santuário celestial, acha-se guardada sagradamente a lei divina -- a lei que foi pronunciada pelo próprio Deus em meio dos trovões do Sinai, e escrita por Seu próprio dedo nas tábuas de pedra. CS 105 3 A lei de Deus no santuário celeste é o grande original, de que os preceitos inscritos nas tábuas de pedra, registrados por Moisés no Pentateuco, eram uma transcrição exata. Os que chegaram à compreensão deste ponto importante, foram assim levados a ver o caráter sagrado e imutável da lei divina. Viram, como nunca dantes, a força das palavras do Salvador: "Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei." Mateus 5:18. A lei de Deus, sendo a revelação de sua vontade, a transcrição de Seu caráter, deve permanecer para sempre, "como uma fiel testemunha no Céu." Nenhum mandamento foi anulado; nenhum jota ou til se mudou. Diz o salmista: 'Para sempre, ó Senhor, a Tua palavra permanece no Céu." São "fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre." Salmos 119:89; 111:7, 8. CS 106 1 No próprio centro do decálogo está o quarto mandamento, conforme foi a princípio proclamado: "Lembra-te do dia do sábado para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-11. CS 106 2 O Espírito de Deus tocou o coração dos que estudavam a Sua Palavra. Impressionava-os a convicção de que haviam ignorantemente transgredido este preceito, deixando de tomar em consideração o dia de repouso do Criador. Começaram a examinar as razões para a observância do primeiro dia da semana em lugar do dia que Deus havia santificado. Não puderam achar nas Escrituras prova alguma de que o quarto mandamento tivesse sido abolido, ou de que o sábado fora mudado; a bênção que a princípio aureolava o sétimo dia nunca fora removida. Sinceramente tinham estado a procurar conhecer e fazer a vontade de Deus; agora, como se vissem transgressores de Sua lei, encheu-se-lhes o coração de tristeza, e manifestaram lealdade para com Deus, santificando Seu sábado. CS 106 3 Muitos e tenazes foram os esforços feitos para subverter-lhes a fé. Ninguém poderia deixar de ver que, se o santuário terrestre era uma figura ou modelo do celestial, a lei depositada na arca, na Terra, era uma transcrição exata da lei na arca, que está no Céu; e que a aceitação da verdade concernente ao santuário celeste envolvia o reconhecimento dos requisitos da lei de Deus, e da obrigatoriedade do Sábado do quarto mandamento. Aí estava o segredo da oposição atroz e decidida à exposição harmoniosa das Escrituras, que revelavam o ministério de Cristo no santuário celestial. Os homens procuravam fechar a porta que Deus havia aberto, e abrir a que Ele fechara. Mas "O que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre", tinha declarado: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar." Apocalipse 3:7, 8. Cristo abrira a porta, ou o ministério, do lugar santíssimo; resplandecia a luz por aquela porta aberta do santuário celestial, e demonstrou-se estar o quarto mandamento incluído na lei que ali se acha encerrada; o que Deus estabeleceu ninguém pode derribar. CS 107 1 Os que aceitaram a luz relativa à mediação de Cristo e à perpetuidade da lei de Deus, acharam que estas eram as verdades apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse. As mensagens deste capítulo constituem uma tríplice advertência, que deve preparar os habitantes da Terra para a segunda vinda do Senhor. O anúncio: -- "Vinda é a hora do Seu juízo" -- aponta para a obra finalizadora do ministério de Cristo para a salvação dos homens. Anuncia uma verdade que deve ser proclamada até que cesse a intercessão do Salvador, e Ele volte à Terra para receber o Seu povo. A obra do juízo que começou em 1844, deve continuar até que os casos de todos estejam decididos, tanto dos vivos como dos mortos; disso se conclui que ela se estenderá até ao final do tempo de graça para a humanidade. A fim de que os homens possam preparar-se para estar em pé no juízo, a mensagem lhes ordena temer a Deus e dar-Lhe glória, "e adorar Aquele que fez o céu e a Terra, e o mar, e as fontes das águas." O resultado da aceitação destas mensagens é dado nestas palavras: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." A fim de se prepararem para o juízo, é necessário que os homens guardem a lei de Deus. Esta lei será a norma de caráter no juízo. -- O Grande Conflito, 432-435. CS 107 2 Os que receberam a luz concernente ao santuário e à imutabilidade da lei de Deus, encheram-se de alegria e admiração, ao verem a beleza e harmonia do conjunto de verdades que se lhes desvendaram ao entendimento. -- O Grande Conflito, 453. ------------------------Capítulo 10 -- Encerramento do ministério de Cristo no santuário celestial CS 109 1 A pregação de um tempo definido para o juízo, na proclamação da primeira mensagem, foi ordenada por Deus. O cômputo dos períodos proféticos nos quais se baseava aquela mensagem, localizando o final dos 2.300 dias no outono de 1844, paira acima de qualquer contestação. -- O Grande Conflito, 457. CS 109 2 "Eu continuei olhando", diz o profeta Daniel, "até que foram postos uns tronos, e um Ancião de dias Se assentou: o Seu vestido era branco como a neve, e o cabelo de Sua cabeça como a limpa lã; o Seu trono chamas de fogo, e as rodas dele fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e milhões de milhões estavam diante dEle: assentou-se o juízo, e abriram-se os livros." Daniel 7:9, 10. CS 109 3 Assim foi apresentado à visão do profeta o grande e solene dia em que o caráter e vida dos homens passariam em revista perante o Juiz de toda a Terra, e cada homem seria recompensado "segundo as suas obras". O Ancião de dias é Deus, o Pai. Diz o salmista: "Antes que os montes nascessem, ou que Tu formasses a Terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, Tu és Deus." Salmos 90:2. É Ele, fonte de todo ser e de toda lei, que deve presidir ao juízo. E santos anjos, como ministros e testemunhas, em número de "milhares de milhares, e milhões de milhões", assistem a esse grande tribunal. CS 110 1 "E, eis que vinha nas nuvens do céu Um como o Filho do homem: e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele. E foi-Lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem: O Seu domínio é um domínio eterno, que não passará." Daniel 7:13, 14. A vinda de Cristo aqui descrita não é a Sua segunda vinda à Terra. Ele vem ao Ancião de dias, no Céu, para receber o domínio, a honra, e o reino, os quais Lhe serão dados no final de Sua obra de mediador. É esta vinda, e não o Seu segundo advento à Terra, que foi predita na profecia como devendo ocorrer ao terminarem os 2.300 dias, em 1844. Assistido por anjos celestiais, nosso grande Sumo Sacerdote entra no lugar santíssimo, e ali comparece à presença de Deus a fim de Se entregar aos últimos atos de Seu ministério em prol do homem, a saber: realizar a obra do juízo de investigação e fazer expiação por todos os que se verificarem com direito aos benefícios da mesma. Que únicos casos são considerados? CS 110 2 No cerimonial típico, somente os que tinham vindo perante Deus com confissão e arrependimento, e cujos pecados, por meio do sangue da oferta para o pecado, eram transferidos para o santuário, é que tinham parte na cerimônia do dia da expiação. Assim, no grande dia da expiação final e do juízo de investigação, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior. "É tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho?" 1 Pedro 4:17. CS 110 3 Os livros de registro no Céu, nos quais estão relatados os nomes e ações dos homens, devem determinar a decisão do juízo. Diz o profeta Daniel: "Assentou-se o juízo, e abriram-se os livros." O escritor do Apocalipse, descrevendo a mesma cena, acrescenta: "Abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apocalipse 20:12. CS 110 4 O livro da vida contém os nomes de todos os que já entraram para o serviço de Deus. Jesus ordenou a Seus discípulos: "Alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos Céus." Lucas 10:20. Paulo fala de seus fiéis cooperadores, "cujos nomes estão no livro da vida". Filipenses 4:3. Daniel, olhando através dos séculos para um "tempo de angústia, qual nunca houve", declara que se livrará o povo de Deus, "todo aquele que se achar escrito no livro." E João, no Apocalipse, diz que apenas entrarão na cidade de Deus aqueles cujos nomes "estão inscritos no livro da vida do Cordeiro." Daniel 12:1; Apocalipse 21:27. CS 111 1 "Há um memorial escrito diante" de Deus, no qual estão registradas as boas ações dos "que temem ao Senhor, e para os que se lembram do Seu nome." Malaquias 3:16. Suas palavras de fé, seus atos de amor, acham-se registrados no Céu. Neemias a isto se refere quando diz: "Deus meu, lembra-Te de mim; e não risques as beneficências que eu fiz à casa de meu Deus." Neemias 13:14. No livro memorial de Deus toda ação de justiça se acha imortalizada. Ali, toda tentação resistida, todo mal vencido, toda palavra de terna compaixão que se proferir, acham-se fielmente historiados. E todo ato de sacrifício, todo sofrimento e tristeza, suportado por amor a Cristo, encontra-se registrado. Diz o salmista: "Tu contaste as minhas vagueações: põe as minhas lágrimas no Teu odre: não estão elas no Teu livro?" Salmos 56:8. CS 111 2 Há também um relatório dos pecados dos homens. "Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau." "De toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo." Disse o Salvador: "por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado." Eclesiastes 12:14; Mateus 12:36, 37. Os propósitos e intuitos secretos aparecem no infalível registro; pois Deus "trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações." 1 Coríntios 4:5. "Eis que está escrito diante de Mim: ... as vossas iniqüidades, e juntamente as iniqüidades de vossos pais, diz o Senhor." Isaías 65:6, 7. CS 111 3 A obra de cada homem passa em revista perante Deus, e é registrada pela sua fidelidade ou infidelidade. Ao lado de cada nome, nos livros do Céu, estão escritos, com terrível exatidão, toda má palavra, todo ato egoísta, todo dever não cumprido, e todo pecado secreto, juntamente com toda artificiosa hipocrisia. Advertências ou admoestações enviadas pelo Céu, e que foram negligenciadas, momentos desperdiçados, oportunidades não aproveitadas, influência exercida para o bem ou para o mal, juntamente com seus resultados de vasto alcance, tudo é historiado pelo anjo relator. A lei de Deus é a norma CS 112 1 A lei de Deus é a norma pela qual o caráter e vida dos homens serão aferidos no juízo. Diz o sábio: "Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra." Eclesiastes 12:13, 14. O apóstolo Tiago admoesta a Seus irmãos: "Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade." Tiago 2:12. CS 112 2 Os que no juízo forem "havidos por dignos", terão parte na ressurreição dos justos. Disse Jesus: "Os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dos mortos, ... são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição." Lucas 20:35, 36. E novamente Ele declara que "os que fizerem o bem" sairão "para a ressurreição da vida". João 5:29. Os justos mortos não ressuscitarão senão depois do juízo, no qual são havidos por dignos da "ressurreição da vida". Conseqüentemente não estarão presentes em pessoa no tribunal em que seus registros são examinados e decidido seu caso. Jesus, o advogado CS 112 3 Jesus aparecerá como seu Advogado, a fim de pleitear em favor deles perante Deus. "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo." 1 João 2:1. "Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus." "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hebreus 9:24; 7:25. CS 112 4 Ao abrirem-se os livros de registro no juízo, é passada em revista perante Deus a vida de todos os que creram em Jesus. Começando pelos que primeiro viveram na Terra, nosso Advogado apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os vivos. Todo nome é mencionado, cada caso minuciosamente investigado. Aceitam-se nomes, e rejeitam-se nomes. Quando alguém tem pecados que permaneçam nos livros de registro, para os quais não houve arrependimento nem perdão, seu nome será omitido do livro da vida, e o relato de suas boas ações apagado do livro memorial de Deus. O Senhor declarou a Moisés: "Aquele que pecar contra Mim, a este riscarei Eu do Meu livro." Êxodo 32:33. E diz o profeta Ezequiel: "Desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, ... de todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória." Ezequiel 18:24. CS 113 1 Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna. O Senhor declara pelo profeta Isaías: "Eu, Eu mesmo, sou O que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados Me não lembro." Isaías 43:25. Disse Jesus: "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai, e diante de Seus anjos." "Qualquer que Me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai que está nos Céus. Mas qualquer que Me negar diante dos homens, Eu o negarei também diante de Meu Pai, que está nos Céus." Apocalipse 3:5; Mateus 10:32, 33. A cena do juízo no céu CS 113 2 O mais profundo interesse manifestado entre os homens nas decisões dos tribunais terrestres não representa senão palidamente o interesse demonstrado nas cortes celestiais quando os nomes insertos nos livros da vida aparecerem perante o Juiz de toda a Terra. O Intercessor divino apresenta a petição para que sejam perdoadas as transgressões de todos os que venceram pela fé em Seu sangue, a fim de que sejam restabelecidos em seu lar edênico, e coroados com Ele como co-herdeiros do "primeiro domínio". Miquéias 4:8. Satanás, em seus esforços para enganar e tentar a nossa raça, pensara frustrar o plano divino na criação do homem; mas Cristo pede agora que este plano seja levado a efeito, como se o homem nunca houvesse caído. Pede, para Seu povo, não somente perdão e justificação, amplos e completos, mas participação em Sua glória e assento sobre o Seu trono. CS 113 3 Enquanto Jesus faz a defesa dos súditos de Sua graça, Satanás acusa-os diante de Deus como transgressores. O grande enganador procurou levá-los ao ceticismo, fazendo-os perder a confiança em Deus, separar-se de Seu amor e violar Sua lei. Agora aponta para o relatório de sua vida, para os defeitos de caráter e dessemelhança com Cristo, que desonraram a seu Redentor, para todos os pecados que ele os tentou a cometer; e por causa disto os reclama como súditos seus. CS 114 1 Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu arrependimento pela fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: "Conheço-os pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas mãos. 'Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus!'" Salmos 51:17. E ao acusador de Seu povo, declara: "O Senhor te repreenda, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda: não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias 3:2. Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os possa apresentar a Seu Pai como "igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante." Efésios 5:27. Seus nomes permanecem registrados no livro da vida, e está escrito com relação a eles: "Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso." Apocalipse 3:4. CS 114 2 Assim se realizará o cumprimento total da promessa do novo concerto: "Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados." "Naqueles dias, e naquele tempo, diz o Senhor, buscar-se-á a maldade de Israel, e não será achada; e os pecados de Judá, mas não se acharão." Jeremias 31:34; 50:20. CS 114 3 "Naquele dia o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. E será que aquele que ficar em Sião e o que permanecer em Jerusalém, será chamado santo: todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém." Isaías 4:2, 3. CS 114 4 A obra do juízo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos são julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado. Mas o apóstolo Pedro declara expressamente que os pecados dos crentes serão apagados quando vierem "os tempos do refrigério pela presença do Senhor", e Ele enviar a Jesus Cristo. Atos dos Apóstolos 3:19, 20. Quando se encerrar o juízo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com Ele para dar a cada um segundo for a sua obra. O encerramento das cenas do serviço antitípico CS 115 1 No culto típico, o sumo sacerdote, havendo feito expiação por Israel, saía e abençoava a congregação. Assim Cristo, no final de Sua obra de mediador, aparecerá "sem pecado, ... para salvação" (Hebreus 9:28), a fim de abençoar com a vida eterna Seu povo que O espera. Como o sacerdote, ao remover do santuário os pecados, confessava-os sobre a cabeça do bode emissário, semelhantemente Cristo porá todos esses pecados sobre Satanás, o originador e instigador do pecado. O bode emissário, levando os pecados de Israel, era enviado "à terra solitária" (Levítico 16:22); de igual modo Satanás, levando a culpa de todos os pecados que induziu o povo de Deus a cometer, estará durante mil anos circunscrito à Terra, que então se achará desolada, sem moradores, e ele sofrerá finalmente a pena completa do pecado nos fogos que destruirão todos os ímpios. Assim o grande plano da redenção atingirá seu cumprimento na extirpação final do pecado e no livramento de todos os que estiverem dispostos a renunciar o mal. Julgados com base em registros infalíveis CS 115 2 No tempo indicado para o juízo -- o final dos 2.300 dias, em 1844 -- iniciou-se a obra de investigação e apagamento dos pecados. Todos os que já professaram o nome de Cristo serão submetidos àquele perscrutador escrutínio. Tanto os vivos como os mortos devem ser julgados "pelas coisas escritas nos livros, segundo as suas obras." CS 115 3 Pecados de que não houve arrependimento e que não foram abandonados, não serão perdoados nem apagados dos livros de registro, mas ali permanecerão para testificar contra o pecador no dia de Deus. Ele pode ter cometido más ações à luz do dia ou nas trevas da noite; elas, porém, estavam patentes e manifestas Àquele com quem temos de nos haver. Anjos de Deus testemunharam cada pecado, registrando-o nos relatórios infalíveis. O pecado pode ser escondido, negado, encoberto, ao pai, mãe, esposa, filhos e companheiros; ninguém, a não ser os seus autores culpados, poderá alimentar a mínima suspeita da falta; ela, porém, jaz descoberta perante os seres celestiais. As trevas da noite mais escura, os segredos de todas as artes enganadoras, não são suficientes para velar do conhecimento do Eterno um pensamento que seja. Deus tem um relatório exato de toda conta injusta e de todo negócio desonesto. Não Se deixa enganar pela aparência de piedade. Não comete erros em Sua apreciação do caráter. Os homens podem ser enganados pelos que são de coração corrupto, mas Deus penetra todos os disfarces e lê a vida íntima. CS 116 1 Quão solene é esta consideração! Dia após dia que passa para a eternidade, traz a sua enorme porção de relatos para os livros do Céu. Palavras, uma vez faladas, e ações, uma vez praticadas, nunca mais se podem retirar. Os anjos têm registrado tanto as boas como as más. Nem o mais poderoso guerreiro pode revogar a relação dos acontecimentos de um único dia sequer. Nossos atos, palavras, e mesmo nossos intuitos mais secretos, tudo tem o seu peso ao decidir-se nosso destino para a felicidade ou para a desdita. Ainda que esquecidos por nós, darão o seu testemunho para justificar ou condenar. CS 116 2 Assim como os traços da fisionomia são reproduzidos com precisão infalível sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é fielmente delineado nos livros do Céu. Todavia, quão pouca solicitude é experimentada com referência àquele registro que deve ser posto sob o olhar dos seres celestiais! Se se pudesse correr o véu que separa o mundo visível do invisível, e os filhos dos homens contemplassem um anjo registrando toda palavra e ação, que eles deverão novamente encontrar no juízo, quantas palavras que diariamente se proferem ficariam sem ser faladas, e quantas ações sem ser praticadas! CS 116 3 No juízo será examinado o uso feito de cada talento. Como empregamos nós o capital que nos foi oferecido pelo Céu? Receberá o Senhor à Sua vinda aquilo que é Seu, com juros? Empregamos nós as faculdades que nos foram confiadas, nas mãos, no coração e no cérebro, para a glória de Deus e bênção do mundo? Como usamos nosso tempo, nossa pena, nossa voz, nosso dinheiro, nossa influência? Que fizemos por Cristo, na pessoa dos pobres, aflitos, órfãos ou viúvas? Deus nos fez depositários de Sua santa Palavra; que fizemos com a luz e verdade que se nos deram para tornar os homens sábios para a salvação? Nenhum valor existe na mera profissão de fé em Cristo; unicamente o amor que se revela pelas obras é considerado genuíno. Contudo, é unicamente o amor que, à vista do Céu, torna de valor qualquer ato. O que quer que seja feito por amor, seja embora pequenino na apreciação dos homens, é aceito e recompensado por Deus. CS 117 1 O oculto egoísmo humano permanece manifesto nos livros do Céu. Existe o relato de deveres não cumpridos para com os semelhantes, do esquecimento dos preceitos do Salvador. Ali verão quantas vezes foram cedidos a Satanás o tempo, o pensamento, a força, os quais pertenciam a Cristo. Triste é o relato que os anjos levam para o Céu. Seres inteligentes, seguidores professos de Cristo, estão absortos na aquisição de posses mundanas ou de gozo de prazeres terrenos. Dinheiro, tempo e força são sacrificados na ostentação e condescendência próprias; poucos, porém, são os momentos dedicados à prece, ao exame das Escrituras, à humilhação da alma e confissão do pecado. CS 117 2 Satanás concebe inumeráveis planos para nos ocupar a mente, para que ela se não detenha no próprio trabalho com que deveremos estar mais bem familiarizados. O arquienganador odeia as grandes verdades que apresentam um sacrifício expiatório e um todo-poderoso Mediador. Sabe que para ele tudo depende de desviar a mente, de Jesus e de Sua vontade. Aperfeiçoando a santidade no temor de Deus CS 117 3 Os que desejam participar dos benefícios da mediação do Salvador, não devem permitir que coisa alguma interfira com seu dever de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. As preciosas horas, em vez de serem entregues ao prazer, à ostentação ou ambição de ganho, devem ser dedicadas ao estudo da Palavra da verdade, com fervor e oração. O assunto do santuário e do juízo de investigação, deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. Aliás, ser-lhes-á impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar a posição que Deus lhes deseja confiar. Cada indivíduo tem uma alma a salvar ou perder. Cada qual tem um caso pendente no tribunal de Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande Juiz. Quão importante é, pois, que todos contemplem muitas vezes a cena solene em que o juízo se assentará e os livros se abrirão, e em que, juntamente com Daniel, cada pessoa deve estar na sua sorte, no fim dos dias! CS 117 4 Todos os que receberam luz sobre estes assuntos devem dar testemunho das grandes verdades que Deus lhes confiou. O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda alma que vive sobre a Terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até ao final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado. É da máxima importância que todos investiguem acuradamente estes assuntos, e possam dar resposta a qualquer que lhes peça a razão da esperança que neles há. CS 118 1 A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz. Pela Sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir. Pela fé devemos penetrar até o interior do véu, onde nosso Precursor entrou por nós. Hebreus 6:20. Ali se reflete a luz da cruz do Calvário. Ali podemos obter intuição mais clara dos mistérios da redenção. A salvação do homem se efetua a preço infinito para o Céu; o sacrifício feito é igual aos mais amplos requisitos da violada lei de Deus. Jesus abriu o caminho para o trono do Pai, e por meio de Sua mediação pode ser apresentado a Deus o desejo sincero de todos os que a Ele se chegam pela fé. CS 118 2 "O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." Provérbios 28:13. Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. Por meio dos defeitos do caráter, Satanás trabalha para obter o domínio da mente toda, e sabe que, se esses defeitos forem acariciados, será bem sucedido. Portanto, está constantemente procurando enganar os seguidores de Cristo com seu fatal sofisma de que lhes é impossível vencer. Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído; e declara a todos os que desejam segui-Lo: "A Minha graça te basta." 2 Coríntios 12:9. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:29, 30. Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los. Vivemos hoje o grande dia da expiação CS 118 3 Vivemos hoje o grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor, para que não acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos desejem seja seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro. Deve haver um exame de coração, profundo e fiel. O espírito leviano e frívolo, alimentado por tantos cristãos professos, deve ser deixado. Há uma luta intensa diante de todos os que desejam subjugar as más tendências que porfiam pelo predomínio. A obra de preparação é uma obra individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e devoção de um, não suprirá a falta dessas qualidades em outro. Embora todas as nações devam passar em juízo perante Deus, examinará Ele o caso de cada indivíduo, com um escrutínio tão íntimo e penetrante como se não houvesse outro ser na Terra. Cada um deve ser provado, e achado sem mancha ou ruga, ou coisa semelhante. CS 119 1 Solenes são as cenas ligadas à obra final da expiação. Momentosos, os interesses nela envolvidos. O juízo ora se realiza no santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame. Atualmente, mais do que em qualquer outro tempo, importa a toda a alma atender à admoestação do Salvador: "Vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo." Marcos 13:33. "Se não vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apocalipse 3:3. CS 119 2 Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:11, 12. CS 119 3 Os justos e os ímpios estarão ainda a viver sobre a Terra em seu estado mortal: estarão os homens a plantar e a construir, comendo e bebendo, todos inconscientes de que a decisão final, irrevogável, foi pronunciada no santuário celestial. Antes do dilúvio, depois que Noé entrou na arca, Deus o encerrou ali, e excluiu os ímpios; mas, durante sete dias, o povo, não sabendo que seu destino se achava determinado, continuou em sua vida de descuido e de amor aos prazeres, zombando das advertências sobre o juízo iminente. "Assim", diz o Salvador, "será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:39. Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado. CS 120 1 "Vigiai, pois, ... para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo." Marcos 13:35, 36. Perigosa é a condição dos que, cansando-se de vigiar, volvem às atrações do mundo. Enquanto o homem de negócios está absorto em busca de lucros, enquanto o amante dos prazeres procura satisfazer aos mesmos, enquanto a escrava da moda está a arranjar os seus adornos -- pode ser que naquela hora o Juiz de toda a Terra pronuncie a sentença: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta." Daniel 5:27. -- O Grande Conflito, 479-491. ------------------------Conselhos sobre Saúde CSa 1 1 Prefácio CSa 4 2 Prefácio para a segunda edição CSa 13 1 Seção 1 -- A necessidade do mundo CSa 37 1 Seção 2 -- Fatores de saúde CSa 107 1 Seção 3 -- O regime alimentar e a saúde CSa 162 1 Seção 4 -- A vida ao ar livre e a atividade física CSa 203 1 Seção 5 -- Os sanatórios -- seus objetivos CSa 255 1 Seção 6 -- Obra institucional bem-sucedida CSa 321 1 Seção 7 -- O médico cristão CSa 387 1 Seção 8 -- Enfermeiros e auxiliares CSa 425 1 Seção 9 -- O conhecimento dos princípios de saúde CSa 471 0 Seção 10 -- Obra de alimentação saudável CSa 497 1 Seção 11 -- Obra médico-missionária CSa 559 1 Seção 12 -- Exemplos para o rebanho CSa 581 1 Seção 13 -- Santidade de vida ------------------------Prefácio CSa 1 1 No saguão do Hospital Memorial White, fundado em memória da autora dos "Conselhos" de que se compõe este livro, há uma placa de bronze com a inscrição: CSa 1 2 "Este hospital é dedicado à memória de Ellen Gould White, cuja longa vida foi com abnegação devotada ao alívio dos ais e dores dos enfermos, sofredores e necessitados; e a inspirar moços e moças a que consagrem sua vida à obra dAquele que disse: 'Curai os Enfermos.'" CSa 1 3 Para os que conheceram a Sra. White, essas palavras estão repletas de ternas recordações dos quase incontáveis incidentes da vida desta amorabilíssima alma. Das mulheres que têm vivido nos tempos modernos, nenhuma outra, provavelmente, tem exercido mais profunda e duradoura influência sobre a vida dos seus semelhantes do que Ellen G. White. Em nenhum campo foram os seus escritos mais completos e de mais vasto alcance do que no que se relaciona com o cuidado do corpo -- o templo do Espírito Santo. CSa 1 4 De muitas e variadas fontes, nos últimos cinqüenta anos, um dilúvio de luz tem sido derramado sobre este tema tão importante. Da mente do renomado Pasteur vieram raios de luz de brilhante e penetrante poder sobre questões relacionadas com saúde e enfermidades. Dele recebeu o mundo o conhecimento das bactérias, fator geratriz de muitas doenças. De Luís Pasteur veio a cura para o carbúnculo, devastadora enfermidade que afeta homens e animais. Foi de seu incansável esforço que brotou a descoberta da cura para a hidrofobia, uma das mais terríveis enfermidades de todos os tempos. CSa 1 5 Lorde Lister, aplicando os princípios de Pasteur na cirurgia, tornou esta segura para a humanidade. Seu gênio transformou os hospitais de câmaras de gangrena e horror em lugares de conforto e cura. Ele demonstrou que pus no corte cirúrgico é desnecessário, e reduziu a mortalidade em operações a um número relativamente insignificante. CSa 2 1 Surgiu então Semmelweiss, obstetra, a quem Kugelman escreveu: "Com poucas exceções o mundo tem crucificado e sepultado os seus benfeitores. Espero que não vos canseis na digna luta que ainda permanece em vossa frente." Foi este Semmelweiss que se engalfinhou com o terrível monstro da febre puerperal, e em cujo cérebro martelavam as indagações: "Por que morrem essas mães? Que é a febre puerperal?" Seus esforços custaram-lhe a vida, mas ele venceu o horrível mal. CSa 2 2 Eu podia continuar a falar das bênçãos que o mundo tem recebido das mãos de muitos outros, como Koch, Ehrlich, Nicolaier, Kitasato, Von Behring, Flexner, Ronald Ross e inúmeros mais. Mas a Ellen G. White foi atribuída uma tarefa diferente. Conquanto a obra de sua vida e os seus ensinos estivessem em harmonia com a medicina verdadeiramente científica, foi no domínio do lado espiritual da arte de curar que ela brilhou com o fulgor de santo lampadário. Em matéria de apelos a homens e mulheres com respeito a seu corpo como santo legado do Altíssimo, e no que toca a obediência às leis da Natureza e ao Deus da Natureza, ela permanece sem igual. Foi ela quem exaltou a santidade do corpo e a necessidade de colocar todos os apetites e paixões sob o controle de uma consciência esclarecida. Outros deram ênfase à ciência em matéria de saúde; a ela foi deixado imprimir o espiritual no tratamento do templo do corpo. CSa 2 3 Nenhuma outra pessoa nos tempos modernos penetrou este campo do esforço espiritual no sentido e na extensão em que ela o fez. Seus esforços foram incansáveis desde sua juventude até o momento de sua morte em idade bem avançada. Em livros, em artigos, em jornais e periódicos, em folhetos e panfletos, constante e infatigavelmente ela chamou a homens e mulheres, velhos e jovens, em tons inconfundíveis, a um plano de vida espiritual mais racional, mais alto e mais puro. Da plataforma nas igrejas e nas salas de preleções, em convocações e conferências, sua voz foi continuamente ouvida apelando para a necessidade de um viver cristão e consagrado em coisas relativas ao cuidado do corpo. Outros trouxeram à luz fatos científicos concernentes a enfermidades, sua causa e sua cura; Ellen G. White inculcou aqueles fatos do lado espiritual à mais íntima cidadela da alma de homens e mulheres. CSa 3 1 É próprio, portanto, que embora ela durma em sua quieta sepultura, as fatigadas mãos cruzadas sobre o peito virtuoso, suas obras a sigam. É justo que neste volume seus "Conselhos" vivam para abençoar, fortificar e dirigir a vida dos que procuram indicar aos demais Aquele que é bendito que, Ele somente, traz a cura em Suas asas. CSa 3 2 Foi o apóstolo Paulo quem escreveu em sua segunda carta ao jovem Timóteo: CSa 3 3 "Numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda boa obra." CSa 3 4 Paulo escreveu especialmente com referência aos membros da igreja do Senhor. Mas quão maravilhosamente aplicáveis também são essas palavras às pedras humanas que formam na Terra hoje a estrutura da grande casa da arte de curar! Há nela doutores e enfermeiros de ouro, e doutores e enfermeiros de prata, doutores e enfermeiros de madeira e de barro, e alguns para honra e alguns para desonra. Purificar a grande casa da cura, ajudar a moldá-la segundo a semelhança do Grande Médico, eis o objetivo de "Conselhos." CSa 4 1 Nesta era sórdida, quando tudo que outrora fora sagrado está sendo comercializado, quando o bezerro de ouro está sendo adorado por toda parte, há e sempre haverá alguns homens e mulheres anelando os mais altos ideais pertinentes a uma profissão superada em santidade somente pelo ministério da Palavra de Deus. Na esperança de que este volume contribua para o exercício mais santo e mais puro da medicina, e com uma singela oração para que assim suceda, é ele agora lançado a sua missão. Percy T. Magan. ------------------------Prefácio para a segunda edição CSa 4 2 Os Depositários têm o prazer de dar a lume a segunda edição de Conselhos Sobre Saúde. Dada a público pela primeira vez em 1923, esta compilação dos escritos de Ellen G. White sobre saúde provou-se uma indispensável obra de referência, e a primeira edição em suas diversas impressões teve saída além da expectativa. CSa 4 3 O texto da obra não sofreu qualquer mudança, tendo sido mantida também a paginação original. Um aspecto novo que será muito apreciado pelo estudioso atento é a inclusão da data do escrito ou da primeira publicação em que apareceu em conexão com a fonte de referência para cada artigo. Que este volume em sua nova forma possa continuar a preencher um importante lugar em manter perante a igreja e seu ministério e também seus obreiros do trabalho médico o significativo lugar de nossa mensagem de saúde, são os sinceros votos dos publicadores e dos. Depositários das Publicações Ellen G. White. ------------------------Seção 1 -- A necessidade do mundo Multidões em angústia CSa 13 1 Ao ver Cristo a multidão que se reunia em torno dEle, "teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor". Cristo via as enfermidades, as dores, a carência e degradação das multidões que Lhe embargavam os passos. Eram-Lhe apresentadas as necessidades e misérias da humanidade em todo o mundo. Entre os mais altos e os mais humildes, os mais honrados e os mais degradados, via almas anelando as próprias bênçãos que Ele viera trazer, almas que necessitavam apenas conhecer-Lhe a graça para se tornarem súditos de Seu reino. "Então disse aos Seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara." Mateus 9:36-38. CSa 13 2 Hoje existem as mesmas necessidades. O mundo carece de obreiros que trabalhem como Cristo fazia pelos aflitos e pecadores. Há, na verdade, uma multidão a ser alcançada. O mundo está cheio de doenças, sofrimentos, misérias e pecados. Cheio de criaturas necessitadas de quem delas cuide -- o fraco, o desamparado, o ignorante, o degradado. No caminho da destruição CSa 13 3 Muitos dos jovens desta geração, entre as igrejas, as instituições religiosas e os lares professamente cristãos, estão* escolhendo o caminho da destruição. Devido a hábitos de intemperança, trazem doenças sobre si mesmos, e movidos da ganância de ganhar dinheiro para as satisfações pecaminosas, caem em práticas desonestas. Arruínam a saúde e o caráter. Separados de Deus e rejeitados pela sociedade, essas pobres almas sentem-se destituídas de esperança tanto para esta vida como para a futura. O coração dos pais é quebrantado. Os homens falam desses errantes como de casos desesperançados, mas Deus os contempla terna e compassivamente. Compreende todas as circunstâncias que os levaram a cair em tentação. Esta é uma classe que demanda trabalho em seu favor. Abundam a pobreza e o pecado CSa 14 1 Perto e longe há almas, não somente jovens mas de todas as idades, na pobreza e na miséria, imersas no pecado e vergadas ao sentimento da culpa. É a obra dos servos de Deus buscar essas almas, orar com elas e por elas, e levá-las passo a passo ao Salvador. CSa 14 2 Os que não reconhecem os direitos de Deus, porém, não são os únicos que se acham em aflição e necessitados de auxílio. No mundo atual, esse mundo onde reinam o egoísmo, a ganância e a opressão, muitos dos verdadeiros filhos do Senhor se acham necessitados e aflitos. Muitos estão, nos lugares humildes e miseráveis, rodeados de pobreza, doença e culpas, suportando pacientemente o próprio fardo de sofrimento, e procurando confortar o desalentado e ferido pelo pecado que lhe está em torno. Muitos deles são quase desconhecidos às igrejas ou aos ministros; são no entanto luzes do Senhor, brilhando por entre as trevas. Desses tem o Senhor especial cuidado, e chama Seu povo a que Lhe sirvam de mão auxiliadora no suprir-lhes as faltas. Onde quer que haja uma igreja, deve-se dispensar especial atenção a procurar essa classe e ajudá-la. As necessidades dos ricos CSa 15 1 E ao mesmo tempo que trabalhamos pelos pobres, devemos dar atenção também aos ricos, cujas almas são igualmente preciosas aos olhos de Deus. Cristo trabalhou por todos quantos Lhe ouviam a palavra. Buscava não somente o publicano e o rejeitado, como o rico e o culto fariseu, o nobre judeu e a autoridade romana. O homem rico necessita de que se trabalhe com ele no amor e temor de Deus. Muito freqüentemente ele confia em suas riquezas e não sente o próprio perigo. Os bens do mundo, confiados pelo Senhor aos homens, são muitas vezes fonte de grande tentação. Milhares são assim levados a pecaminosas condescendências que os confirmam em hábitos de intemperança e vício. Entre as arruinadas vítimas da miséria e do pecado, encontram-se muitos que dantes se achavam de posse de riquezas. Homens de vocações e situações várias na vida, foram vencidos pelas corrupções do mundo, pelo uso de bebida forte, pela condescendência com as concupiscências da carne, e caíram em tentação. Ao mesmo tempo que esses caídos nos despertam compaixão e requerem nosso auxílio, não devemos também dedicar alguma atenção aos que ainda não desceram às profundezas, mas estão pondo os pés na mesma estrada? Milhares há, que ocupam posição de honra e utilidade, os quais estão cedendo a hábitos que significam ruína para o corpo e a alma. Não se deve fazer o mais diligente esforço a fim de os esclarecer? CSa 15 2 Ministros do evangelho, estadistas, escritores, homens de fortuna e de talento, homens de vasta capacidade na esfera dos negócios e de energia para serem úteis, acham-se em perigo mortal por não verem a necessidade de estrita temperança em tudo. Importa chamar-lhes a atenção para os princípios de temperança, não de maneira estreita ou arbitrária, mas em face do grande desígnio de Deus para a humanidade. Pudessem os princípios da verdadeira temperança lhes ser assim apresentados, e muitos membros das classes mais elevadas reconheceriam seu valor e os acolheriam de coração. Voltar-se para as riquezas terrenas CSa 16 1 Há outro perigo a que as classes abastadas se acham especialmente expostas, e também aí há um campo para a obra médico-missionária. Multidões prósperas no mundo, e que nunca descem às formas comuns de vício, são ainda levadas à destruição pelo amor das riquezas. Absorvidas com os tesouros terrenos que possuem, são insensíveis aos reclamos de Deus e às necessidades de seus semelhantes. Em vez de considerar a própria riqueza como um talento a ser empregado para a glória de Deus e o erguimento da humanidade, olham-na como um meio de condescender consigo mesmos e de se glorificarem a si. Ajuntam casa a casa, terra a terra, enchem suas moradas de luxos, ao passo que a necessidade caminha pelas ruas, e ao seu redor tudo são criaturas humanas mergulhadas na miséria e no crime, na doença e na morte. Os que assim se dedicam a servir ao próprio eu, desenvolvem em si, não os atributos de Deus, mas os de Satanás. CSa 16 2 Tais pessoas se acham carecidas do evangelho. É preciso que volvamos os seus olhos da vaidade das coisas materiais, para contemplar a preciosidade das riquezas eternas. Precisam aprender a alegria de dar, a bênção de serem colaboradores de Deus. CSa 16 3 As pessoas dessa classe são muitas vezes as de mais difícil acesso, mas Cristo abrirá caminhos pelos quais possam ser alcançadas. Que os mais sábios, mais confiantes, mais esperançosos obreiros procurem essas almas. Com a sabedoria e o tato nascidos do divino amor, com a cortesia e a delicadeza que resultam unicamente da presença de Cristo na alma, trabalhem eles pelos que, deslumbrados pelo brilho das riquezas terrenas, não vêem a glória dos tesouros celestes. Estudem os obreiros a Bíblia com eles, forcejando por introduzir-lhes a verdade sagrada no coração. Lede-lhes as palavras de Deus. "Mas vós sois dEle em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria e justiça, e santificação e redenção." "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." "Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua obra." "O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus." 1 Coríntios 1:3; Jeremias 9:23, 24; Efésios 1:7; Filipenses 4:19. CSa 17 1 Tal apelo, feito no espírito de Cristo, não será considerado impertinente. Impressionará o espírito de muitos da classe mais elevada. CSa 17 2 Mediante esforços feitos com sabedoria e amor, muito rico poderá ser despertado para o senso de sua responsabilidade para com Deus. Quando se faz claro que o Senhor espera que eles, como representantes Seus, aliviem a humanidade sofredora, muitos corresponderão e darão de seus meios e simpatia para benefício dos pobres. Quando o espírito for assim desviado de seus interesses egoístas, muitos serão levados a se entregarem a Cristo. Com seus talentos de influência e recursos, unir-se-ão de bom grado à obra de beneficência com o humilde missionário que foi instrumento de Deus em sua conversão. Pelo devido emprego de seus tesouros terrenos, ajuntarão "tesouro no Céu que nunca acabe, onde não chega ladrão e a traça não rói". Assegurarão para si o tesouro que a sabedoria oferece, isto é, "riquezas duráveis e justiça". Uma raça degenerada CSa 18 1 Foi-me apresentada a condição de fraqueza atual da família humana. Cada geração se tem vindo enfraquecendo mais, e a raça humana é afligida por toda forma de enfermidade. Milhares de pobres mortais de corpos deformados, doentios, nervos em frangalhos e mente cheia de sombras, vão arrastando uma existência miserável. Cresce o poder de Satanás sobre a família humana. Não viera em breve o Senhor e destruísse o seu poder, e não tardaria que a Terra estivesse despovoada. CSa 18 2 Foi-me mostrado que o poder de Satanás é exercido especialmente sobre o povo de Deus. Foram-me apresentados muitos em uma condição duvidosa, desesperadora. As enfermidades do corpo afetam a mente. Nossos passos são seguidos por um inimigo astuto e poderoso, o qual emprega sua força e habilidade em procurar desviar-nos do caminho reto. E demasiadas vezes acontece que o povo de Deus não está em guarda, ignorando-lhe portanto os ardis. Ele opera por meios que melhor o ocultem à vista, conseguindo muitas vezes seu objetivo. -- Testemunhos Selectos 1:102. A violação da lei física CSa 19 1 O homem surgiu das mãos do seu Criador perfeito em estrutura e belo na forma. O fato de ter ele resistido por seis mil anos o constante crescimento dos fardos da doença e do crime é prova cabal do poder de resistência com a qual foi dotado no princípio. E embora os antediluvianos de modo geral se entregassem sem reservas ao pecado, passaram-se mais de dois mil anos para que a violação da lei natural fosse acentuadamente sentida. Não tivesse Adão originalmente possuído maior poder físico do que os homens possuem agora, e a presente raça ter-se-ia tornado extinta. CSa 19 2 Através de sucessivas gerações, desde a queda, a tendência tem sido continuamente descendente. A doença tem sido transmitida de pais a filhos por sucessivas gerações. Mesmo as criancinhas de berço sofrem em conseqüência dos males originados pelos pecados dos seus pais. ... CSa 19 3 Com poucas exceções, os patriarcas desde Adão até Noé viveram aproximadamente mil anos. Desde então a duração média da vida tem decrescido. CSa 19 4 Por ocasião do primeiro advento de Cristo, a raça já se havia degenerado de tal maneira que não somente os velhos, mas também os de meia-idade e os jovens eram trazidos de todas as cidades ao Salvador, para serem curados de suas enfermidades. Muitos padeciam sob o peso da miséria indescritível. CSa 19 5 A violação da lei física, com as conseqüências de sofrimento e morte prematura, têm prevalecido por tanto tempo que esses resultados são tidos na conta de sorte inevitável da humanidade; mas Deus não criou a raça em tão debilitada condição. Este estado de coisas não é obra da Providência, mas do homem. Foi ele ocasionado pelos maus hábitos -- pela* violação das leis que Deus fez para governar a vida do homem. A continuada transgressão das leis da Natureza é uma permanente transgressão da lei de Deus. Tivessem os homens sido sempre obedientes à lei dos Dez Mandamentos, procurando viver os princípios desses preceitos, a maldição das enfermidades que agora inundam o mundo não existiria. ... CSa 20 1 Quando os homens seguem qualquer direção que consome desnecessariamente sua vitalidade ou que lhes obscurece o intelecto, pecam contra Deus; não O glorificam no corpo e no espírito que Lhe pertencem. Muito embora o insulto que o homem Lhe tem feito, o amor de Deus ainda se estende à raça; e Ele permite que a luz brilhe, capacitando o homem a ver que, para que possa viver uma vida perfeita, ele precisa obedecer às leis naturais que lhe governam o ser. Quão importante é então que o homem ande nessa luz, exercitando todas as suas faculdades, tanto do corpo como da mente, para a glória de Deus! O povo de Deus deve permanecer puro CSa 20 2 Achamo-nos em um mundo contrário à retidão ou à pureza de caráter, e especialmente ao crescimento na graça. Em tudo o que olhamos, observamos poluição e corrupção, deformidade e pecado. Quão oposto é tudo isso à obra que deve ser executada em nós justamente antes de recebermos o dom da imortalidade! Os eleitos de Deus devem permanecer incontaminados em meio da corrupção prevalecente ao seu redor nestes últimos dias. Seu corpo deve tornar-se santo, puro seu espírito. Se esta obra deve ser realizada, deve ela ser empreendida imediatamente, zelosa e inteligentemente. O Espírito de Deus terá que exercer perfeito controle, influenciando cada ação. CSa 21 3 A reforma da saúde é um dos ramos da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Ela está tão estreitamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo quanto a mão o está com o corpo. A lei dos Dez Mandamentos tem sido considerada levianamente pelo homem; todavia o Senhor não irá punir os transgressores dessa lei sem primeiro enviar-lhes uma mensagem de advertência. Os homens e as mulheres não podem violar as leis naturais ao serem condescendentes para com o apetite depravado e paixões licenciosas, sem violarem a lei de Deus. Portanto Ele permitiu que a luz da reforma da saúde brilhe sobre nós, para que possamos compreender a pecaminosidade da transgressão das leis que Ele estabeleceu em nosso próprio ser. CSa 21 1 Nosso Pai celestial vê a deplorável condição dos homens que estão -- muitos deles por ignorância -- menosprezando os princípios de saúde. É com amor e compaixão para com a raça que Ele faz com que a luz sobre a reforma de saúde brilhe. Ele proclama a Sua lei e a penalidade desta, a fim de que todos possam ficar sabendo aquilo que é para o seu maior proveito. Proclama Sua lei de maneira tão distinta, e a torna tão saliente qual a cidade edificada sobre o monte. Todos os seres inteligentes podem entendê-la, se desejarem. Cada um responde por si. A loucura da ignorância CSa 21 2 Tornar clara a lei natural e insistir na obediência a ela, é obra que acompanha a mensagem do terceiro anjo. A ignorância já não é escusa para a transgressão da lei. A luz brilha com clareza, e ninguém precisa ignorar; pois o grande Deus mesmo é instrutor do homem. Todos estão obrigados pelo mais sagrado dever a dar atenção à filosofia saudável e à experiência genuína que Deus lhes está agora proporcionando com relação à reforma da saúde. Ele deseja que o assunto seja debatido, e a mente do público profundamente despertada a investigá-la; pois é impossível aos homens e mulheres apreciarem as verdades sagradas enquanto se acham sob o poder de hábitos pecaminosos, destruidores da saúde e enfraquecedores do cérebro. CSa 22 1 Aqueles que estão desejosos de informar-se com relação ao efeito que a condescendência pecaminosa exerce sobre a saúde e iniciam a obra da reforma, mesmo por motivos egoístas, podem, ao assim fazerem, colocar-se onde a verdade divina possa alcançar-lhes o coração. E, por outro lado, os que foram alcançados pela apresentação das verdades escriturísticas, acham-se em posição em que a consciência pode ser despertada sobre o assunto de saúde. Eles vêem e sentem a necessidade de escapar dos hábitos e apetites tirânicos que os têm dominado por tanto tempo. Há muitos que receberiam as verdades da Palavra de Deus, caso seu raciocínio fosse convencido pela mais clara evidência; mas os desejos carnais, que clamam por prazeres, controlam o intelecto, e eles rejeitam a verdade porque esta se choca com os seus desejos concupiscentes. A mente de muitos alcança assim tão baixo nível que Deus não pode operar nem por meio deles nem com eles. O curso de seus pensamentos deve ser mudado, despertadas as suas sensibilidades morais, antes que possam obedecer aos reclamos divinos. CSa 22 2 Exorta o apóstolo Paulo à igreja: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1. As condescendências pecaminosas profanam o corpo e incapacitam os homens para o culto espiritual. O que se apega à luz que Deus lhe deu sobre a reforma de saúde, tem um importante auxílio na obra de santificar-se pela verdade e estar habilitado para a imortalidade. Mas, se eles menosprezam essa luz, e vivem em violação da lei natural, devem sofrer a penalidade; suas energias espirituais são amortecidas e, como poderão eles aperfeiçoar a santificação no temor do Senhor? CSa 22 3 Os homens poluíram o templo da alma e Deus os conclama a despertarem e esforçar-se com todas as suas energias para reconquistar sua varonilidade dada por Deus. Coisa alguma a não ser a graça de Deus pode convencer e converter o coração; somente dEle podem os escravos dos hábitos obter força para romper as algemas que os prendem. É impossível ao homem apresentar o seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, enquanto persistir na condescendência com hábitos que o privam do vigor físico, mental e moral. De novo diz o apóstolo: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2. Como nos dias de Noé CSa 23 1 Jesus, assentado no Monte das Oliveiras, deu a Seus discípulos instruções concernentes aos sinais que deviam preceder Sua vinda: "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. Porquanto assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:37-39. Os mesmos pecados que atraíram juízos sobre o mundo, nos dias de Noé, existem em nossos dias. Homens e mulheres levam os seus hábitos no comer e beber a tais extremos que terminam em glutonaria e bebedice. Este predominante pecado, a condescendência para com o apetite pervertido, inflamou as paixões dos homens nos dias de Noé, e levaram a generalizada corrupção. Violência e pecado alcançaram o Céu. Esta contaminação moral foi finalmente varrida da Terra por meio do dilúvio. CSa 23 2 Os mesmos pecados de glutonaria e embriaguez embotaram a sensibilidade moral dos habitantes de Sodoma, a ponto de parecer que o crime fosse o prazer de homens e mulheres da ímpia cidade. Cristo assim adverte o mundo: "O mesmo aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem Se manifestar." Lucas 17:28-30. CSa 24 1 Cristo nos deixou aqui uma lição muito importante. Pôs Ele diante de nós o perigo de fazermos da comida e da bebida a coisa principal. Apresenta-nos Ele os resultados da desenfreada complacência com o apetite. As faculdades morais são debilitadas a tal ponto que o pecado não parece condenável. O crime é considerado com leviandade, e a paixão controla a mente, até que afinal os bons princípios e impulsos são desarraigados, e o nome de Deus é blasfemado. Todas essas coisas são o resultado do comer e beber em excesso. Esse estado de coisas é o mesmo apontado por Cristo como devendo existir em Sua segunda vinda. O Salvador nos apresenta alguma coisa mais elevada por que lutar, do que meramente o que comeremos, o que beberemos ou com que nos vestiremos. Comer, beber e vestir-se são levados a tais excessos que se tornam crime. Estão entre os assinalados pecados dos últimos dias, e constituem um sinal da breve volta de Cristo. Tempo, dinheiro e força, que pertencem ao Senhor, mas que Ele confia a nós, são gastos em superfluidade no vestir e em luxos do apetite pervertido, que diminuem a vitalidade e trazem sofrimento e ruína. É impossível podermos apresentar a Deus nosso corpo como sacrifício vivo, quando o aviltamos de contínuo com corrupção e enfermidade em virtude de nossa própria pecaminosa condescendência. Deve-se buscar mais conhecimento com respeito à maneira de comer, beber e vestir-se, assim como de preservar a saúde. As enfermidades são o resultado da violação das leis naturais. Nosso primeiro dever, dever que temos para com Deus, para com nós mesmos e para com o nosso semelhante, é obedecer às leis de Deus. Isso inclui as leis da saúde. Necessidade de uma obra de reforma CSa 25 1 Vivemos em meio de uma "epidemia de crime", diante da qual ficam estupefatos os homens pensantes e tementes a Deus em toda parte. A corrupção que predomina está além da descrição da pena humana. Cada dia traz novas revelações de conflitos políticos, de subornos e fraudes. Cada dia traz seu doloroso registro de violência e ilegalidade, de indiferença aos sofrimentos do próximo, de brutal e diabólica destruição de vida humana. Cada dia testifica do aumento da loucura, do assassínio, do suicídio. Quem pode duvidar que agentes satânicos se achem em operação entre os homens, numa atividade crescente, para perturbar e corromper a mente, contaminar e destruir o corpo. CSa 25 2 E enquanto o mundo se acha cheio desses males, o evangelho é tantas vezes apresentado de maneira tão indiferente, que não produz senão uma fraca impressão na consciência ou vida dos homens. Há por toda parte corações clamando por qualquer coisa que não possuem. Anelam um poder que lhes dê domínio sobre o pecado, um poder que os liberte da servidão do mal, que lhes proporcione saúde, vida e paz. Muitos dos que uma vez conheceram o poder da Palavra de Deus, têm-se achado onde não há nenhum reconhecimento dEle, e anseiam pela divina presença. CSa 25 3 O mundo necessita atualmente daquilo que tem sido necessário já há mil e novecentos anos -- a revelação de Cristo. É preciso uma grande obra de reforma, e é unicamente mediante a graça de Cristo que a obra de restauração física, mental e espiritual se pode efetuar. -- A Ciência do Bom Viver, 142, 143 (1905). A perspectiva CSa 26 1 O mundo encontra-se desconjuntado. Ao olharmos o quadro geral, a perspectiva parece desalentadora. Mas Cristo acena com preciosas promessas a todos os homens e mulheres que nos causam desencorajamento. Vê neles qualidades que os habilitarão a ocupar um lugar em Sua vinha. Se eles continuarem como aprendizes, por meio de Sua providência, Ele os tornará homens e mulheres capacitados a fazerem uma obra que não está fora de suas possibilidades; através da comunicação do Espírito Santo, dar-lhes-á poder de expressão. CSa 26 2 Muitos campos áridos, não trabalhados, devem ser atingidos por iniciadores. A brilhante perspectiva do Campo mundial, como Jesus o viu, inspirará confiança em muitos obreiros que, se começarem em humildade, e puserem o coração na obra, serão considerados como os homens indicados para o tempo e lugar. Cristo vê todas as misérias e desesperações do mundo, a visão do qual deprimiria alguns dos nossos obreiros de grande capacidade com um sentimento de desânimo tão grande que eles não saberiam nem mesmo como começar a obra de guiar homens e mulheres ao primeiro lance da escada. Seus métodos formalistas são de pouco valor. Eles se colocariam sobre os lances mais baixos da escada, dizendo: "Subi onde estamos." Mas as pobres almas não saberiam onde colocar os pés. CSa 26 3 O coração de Cristo é confortado pela visão daqueles que são pobres no mais lato sentido do termo; confortado por Sua visão daqueles que são maltratados, mas que são mansos; alegrado pelos aparentemente insatisfeitos e famintos pela justiça, pela incapacidade de muitos para começarem. Ele saúda por assim dizer o mesmo estado de coisas que desanimaria a muitos ministros. Ele corrige o nosso devotamento errôneo,* dando o encargo da obra dos pobres e necessitados nos ásperos recantos da Terra, a homens e mulheres que possuem coração que pode sentir com os ignorantes e extraviados. O Senhor ensina a esses obreiros como encontrar aqueles a quem Ele deseja auxiliar. Eles serão encorajados ao verem as portas se lhes abrirem, ao penetrarem em lugares nos quais poderão fazer trabalho médico-missionário. Tendo pouca confiança própria, dão a Deus toda a glória. Suas mãos podem ser rústicas e inexperientes, mas o coração é suscetível à piedade; eles estão possuídos de um ardente desejo de fazer alguma coisa que possa aliviar o infortúnio tão intenso; e Cristo está ao seu lado para ajudá-los. Ele opera por meio daqueles que descobrem misericórdia na miséria, ganho na perda de todas as coisas. Quando a Luz do mundo passa, os privilégios aparecem em todas as adversidades, ordem na confusão, o sucesso e a sabedoria de Deus naquilo que parecia ser uma falha. CSa 27 1 Meus irmãos e irmãs, aproximai-vos do povo em vosso ministério. Animai aqueles que estão abatidos. Considerai as calamidades como bênçãos disfarçadas, os infortúnios como mercês. Agi de maneira que desperteis confiança em lugar de desespero. Deus a fonte de sabedoria e poder CSa 27 2 A cada obreiro eu diria: Marchai com humilde fé, e o Senhor irá convosco. Mas vigiai em oração. Este é o segredo do vosso trabalho. O poder é de Deus. Operai confiando nEle, lembrando-vos de que sois coobreiros Seus. Ele é o vosso Ajudador. Vossa força vem dEle. Ele deve ser vossa sabedoria, justiça, santificação e redenção. Religião e saúde CSa 28 1 O ponto de vista defendido por alguns de que a espiritualidade é prejudicial à saúde, é sofisma de Satanás. A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde, seja do corpo ou da mente. A influência do Espírito de Deus é o melhor remédio para as doenças. O Céu é todo saúde; e, quanto mais profundamente forem sentidas as influências celestiais, mais certa será a recuperação do crente inválido. Os verdadeiros princípios do cristianismo abrem perante todos uma fonte de inestimável felicidade. A religião é um manancial contínuo, do qual o cristão pode beber à vontade e jamais secar a fonte. CSa 28 2 A relação existente entre a mente e o corpo é muito íntima. Quando um é afetado, o outro também o é. O estado da mente afeta a saúde do sistema físico. Se a mente se acha despreocupada e feliz, em virtude da consciência de estar agindo corretamente, e do senso de satisfação por estar promovendo a felicidade de outros, isso cria uma disposição que agirá sobre todo o organismo, produzindo uma circulação mais livre do sangue e dando tono a todo o corpo. A bênção de Deus é um poder salutar, e aqueles que são copiosos em fazer o bem a outros perceberão essa maravilhosa bênção tanto no coração como na vida. CSa 28 3 Quando os homens que têm condescendido com maus hábitos e práticas pecaminosas se rendem ao poder da verdade divina, a aplicação dessa verdade ao coração faz reviver as energias morais, as quais pareciam paralisadas. O recebedor possui compreensão mais forte e mais clara do que antes de haver ligado sua alma à Rocha eterna. Até sua saúde física melhora pelo senso de sua confiança em Cristo. A bênção* especial de Deus, que repousa sobre o recebedor, é por si mesma salutar e revigorante. CSa 29 1 Os que andam no caminho da sabedoria e santidade observam que "a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir". 1 Timóteo 4:8. São sensíveis aos prazeres reais da vida, e não se perturbam com infundados remorsos de horas desperdiçadas, nem com sombrios presságios, como as pessoas do mundo o fazem, muitas vezes, quando não entretidas por algum divertimento excitante. A piedade não entra em conflito com as leis da saúde, mas está em harmonia com elas. O temor do Senhor é o fundamento de toda verdadeira prosperidade. O amor de Cristo um poder vitalizante CSa 29 2 Quando o evangelho é recebido em sua pureza e poder, é uma cura para as moléstias originadas pelo pecado. O Sol da Justiça ergue-Se trazendo "cura nas Suas asas". Todos os recursos do mundo não podem curar um coração quebrantado, nem comunicar paz de espírito, nem remover o cuidado, nem banir a enfermidade. A fama, o engenho, o talento -- são todos impotentes para alegrar um coração dolorido ou restaurar uma vida arruinada. A vida de Deus na alma, eis a única esperança do homem. CSa 29 3 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo o órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria do Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115. O modo de Cristo curar CSa 30 1 Este mundo é um vasto hospital, mas Cristo veio curar os enfermos, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Era em Si mesmo saúde e vigor. Comunicava Sua vida aos doentes, aos aflitos, aos possessos de demônios. Não repelia ninguém que viesse receber Seu poder vivificador. Sabia que os que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a doença; todavia, não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que provinha de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados de suas enfermidades espirituais, bem como das do corpo. O evangelho possui ainda o mesmo poder, e por que não deveríamos testemunhar hoje idênticos resultados? CSa 30 2 Cristo sente as misérias de todo sofredor. Quando os espíritos maus arruínam o organismo humano, Cristo sente essa ruína. Quando a febre consome a corrente vital, Ele sente a agonia. E está disposto a curar o enfermo hoje, como quando Se achava em pessoa na Terra. Os servos de Cristo são Seus representantes, instrumentos pelos quais opera. Ele deseja, por intermédio dos mesmos, exercer Seu poder de curar. CSa 30 3 Na maneira por que o Salvador curava, havia lições para os discípulos. Uma ocasião, ungiu com terra os olhos de um cego, dizendo-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé. ... Foi pois, e lavou-se, e voltou vendo." João 9:7. A cura só se podia operar pelo poder do grande Médico; todavia, Cristo fez uso dos simples agentes da Natureza. Conquanto não recomendasse as medicações compostas de drogas, sancionou o emprego de remédios simples e naturais. CSa 30 4 A muitos dos aflitos que foram curados, disse Cristo:* "Não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior." João 5:14. Assim ensinou que a doença é o resultado da violação das leis de Deus, tanto naturais como espirituais. Não existiria no mundo a grande miséria que há, se tão-somente os homens vivessem em harmonia com o plano do Criador. ... CSa 31 1 Estas lições são para nós. Há condições que devem ser observadas por todos os que queiram conservar a saúde. Cumpre aprenderem todos quais são essas condições. Deus não Se agrada da ignorância com respeito a Suas leis, sejam naturais, sejam espirituais. Devemos ser coobreiros Seus, para restauração da saúde do corpo bem como da alma. CSa 31 2 E devemos ensinar os outros a conservar e a recuperar a saúde. Empregar para os doentes os remédios providos por Deus na Natureza, bem como encaminhá-los Àquele que, unicamente, pode restaurar. É nossa obra apresentar os doentes e sofredores a Cristo, nos braços de nossa fé. Devemos ensinar-lhes a crer no grande Médico. Lançar mão de Sua promessa, e orar pela manifestação de Seu poder. A própria essência do evangelho é restauração, e o Salvador quer que induzamos os enfermos, os desamparados e os aflitos a se apoderarem de Sua força. CSa 31 3 O poder do amor estava em todas as curas de Cristo, e unicamente participando desse amor, pela fé, podemos ser instrumentos para Sua obra. Se negligenciarmos pôr-nos em divina ligação com Cristo, a corrente de energia vitalizante não pode fluir em abundantes torrentes de nós para o povo. Houve lugares em que o próprio Salvador não pôde realizar muitas obras poderosas, devido à incredulidade. Assim agora a incredulidade separa a igreja de seu divino Ajudador. Fraco é seu apego às realidades eternas. Por sua falta de fé, fica Deus decepcionado, e é roubado de Sua glória. O médico cristão como missionário CSa 32 1 Aqueles em cujo coração Cristo habita possuirão amor pelas almas por quem Ele morreu. Os que possuem verdadeiro amor a Ele devem sentir um desejo ardente de fazer com que Seu amor seja compreendido por outros. CSa 32 2 Entristeço-me ao ver quão poucos se preocupam realmente com os seus semelhantes que estão nas trevas. Alma alguma verdadeiramente convertida se assente como um despreocupado ocioso na vinha do Mestre. É dado a Cristo todo poder no Céu e na Terra, e Ele comunicará forças a Seus seguidores para a grande obra de atrair os homens para si. Está Ele apelando constantemente às Suas instrumentalidades humanas sobre os caminhos que o Céu lhes apontou, em todo o mundo, prometendo estar sempre com eles. Seres celestiais -- "milhões de milhões, e milhares de milhares" (Apocalipse 5:11) -- são enviados como mensageiros a este mundo, para que se unam com os instrumentos humanos pela salvação das almas. Por que nossa fé nas grandes verdades que desposamos, não acende uma ardente chama sobre o altar do nosso coração? CSa 32 3 Por que, pergunto, em vista da magnitude dessas verdades, não são, todos os que professam nelas crer, inspirados com fervor missionário, fervor que deve vir a todos quantos colaboram com Deus? Quem dirá: "envia-me a mim?" CSa 32 4 A obra de Cristo deve ser feita. Consagrem-se a Deus os que crêem na verdade. Onde existem agora uns poucos que estão empenhados em obra missionária, deve haver centenas. Quem sentirá a importância, a divina grandeza, do chamado? Quem se negará a si mesmo? Ao clamar o Salvador por obreiros, quem responderá: "Eis-me aqui, envia-me a mim?"* CSa 33 1 Há necessidade de missionários tanto na pátria como no estrangeiro. Há trabalho bem perto que é estranhamente negligenciado por muitos. Todos os que provaram "a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro" (Hebreus 6:5), têm uma obra a fazer em favor daqueles que vivem em seus lares e entre os seus vizinhos. O evangelho da salvação deve ser proclamado a outros. Todo homem que sentiu o convertedor poder de Deus, torna-se em certo sentido um missionário. Há pessoas amigas às quais pode Ele falar do amor de Deus. Pode contar na igreja o que o Senhor é para ele -- um Salvador pessoal; e o testemunho dado com simplicidade pode fazer maior bem do que o mais eloqüente discurso. Há uma grande obra a ser feita, também, em tratar eqüitativamente com todos e andar humildemente com Deus. Aqueles que estão fazendo a obra que lhes está mais aproximada, estão adquirindo uma experiência que os capacitará para uma esfera mais ampla de utilidade. Deve haver uma experiência com trabalho missionário na pátria, como preparação para trabalho no Exterior. O cuidado dos enfermos CSa 33 2 Como deverá ser feita a obra do Senhor? Como podemos ter acesso às almas que se acham mergulhadas nas trevas da meia-noite? O preconceito deve ser enfrentado; é difícil tratar com a religião corrupta. Os melhores meios e maneiras de trabalho devem ser considerados com oração. Há um meio segundo o qual muitas portas poderão ser abertas ao missionário. Torne-se ele hábil no cuidado dos enfermos, como enfermeiro, ou aprenda a tratar as doenças, como médico; e, se estiver imbuído do espírito de Cristo, que campo de utilidade se abrirá perante ele! CSa 33 3 Cristo foi o Salvador do mundo. Enquanto na Terra, os doentes e aflitos foram objeto de Sua especial compaixão. Ao enviar Ele os Seus discípulos, comissionou-os a curar os doentes, bem como a pregar o evangelho. Ao enviar os setenta, ordenou-lhes que curasse os doentes, e em seguida pregassem que o reino de Deus havia chegado a eles. Devia-se cuidar primeiro de sua saúde física, a fim de que o caminho pudesse ser aberto e a verdade lhes alcançasse a mente. Método de evangelismo de Cristo CSa 34 1 O Salvador dedicou mais tempo e trabalho em curar dos seus males os doentes, do que em pregar. Suas últimas instruções aos apóstolos, Seus representantes na Terra, foi no sentido de porem as mãos sobre os doentes para que eles pudessem recuperar-se. Quando o Mestre voltar, louvará Ele àqueles que tiverem visitado os doentes e suprido as necessidades dos aflitos. CSa 34 2 A terna simpatia do Salvador era despertada para a caída e sofredora humanidade. Se sois Seus seguidores, deveis cultivar compaixão e simpatia. A indiferença para com os sofrimentos humanos deve dar lugar ao mais vivo interesse pelos padecimentos dos outros. A viúva, o órfão, o enfermo e o moribundo, sempre precisarão ser ajudados. Eis uma oportunidade de proclamar o evangelho -- apontar a Jesus, a esperança e consolação de todos os homens. Quando os sofrimentos do corpo tiverem sido aliviados, e tiverdes demonstrado o mais vivo interesse pelos aflitos, o coração se abrirá, e podereis verter nele o bálsamo celestial. Se estiverdes olhando para Jesus e dEle retirando conhecimento, força e graça, podereis comunicar Sua consolação a outros, pois o Consolador está convosco. CSa 34 3 Encontrareis muito preconceito, grande quantidade de falso zelo e pseudopiedade, mas tanto na pátria como no campo estrangeiro encontrareis mais corações aos quais Deus tem estado preparando para a semeadura da verdade, do que imaginais, e estes aclamarão com alegria a mensagem divina, quando lhes for apresentada. CSa 35 1 Não deve, porém, haver nenhuma duplicidade, desonestidade, na vida do obreiro. Ao passo que o erro, mesmo quando defendido com sinceridade, é perigoso, a insinceridade na verdade é fatal. Trabalhai com entusiasmo e ardor CSa 35 2 Não devemos ser ociosos espectadores nas agitadas cenas que prepararão o caminho para o segundo advento do Senhor. Devemos manter o entusiasmo e o ardor do soldado cristão. Aquele que não está a favor de Cristo está contra Ele. "Quem comigo não ajunta espalha." Mateus 12:30. A inatividade é registrada nos livros do Céu como oposição à obra de Cristo, pois ela produz a mesma espécie de fruto que a franca hostilidade. Deus clama por ativos obreiros. CSa 35 3 Quanto mais claramente nossos olhos contemplarem as atrações do mundo por vir, mais profunda será nossa solicitude pelos habitantes deste mundo. Não podemos ser egocêntricos. Estamos vivendo no tempo do conflito especial entre os poderes da luz e os das trevas. Saí; deixai a vossa luz brilhar; difundi os seus raios por todo o mundo. Em cooperação com os agentes humanos, Cristo e os mensageiros celestiais levarão as partes inacabadas da obra a um perfeito todo. Não ocuparmos o nosso lugar porque amamos o nosso bem-estar, porque queremos evitar preocupações e aborrecimentos, é não brilhar; e, quão terrível a culpa, quão terríveis as conseqüências! CSa 35 4 Deve haver aqueles que se estão preparando para ser médicos e enfermeiros missionários cristãos. Então serão abertas portas entre as famílias das classes mais altas, bem como entre as humildes. Todas as influências que pudermos controlar devem ser consagradas à obra. Da missão doméstica deve estender-se uma cadeia de luz viva e ardente para circundar o mundo, de maneira que cada voz e cada influência façam ecoar: "O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve diga: Vem. ... E quem quiser, tome de graça da água da vida." Apocalipse 22:17. Efeitos dos maus hábitos CSa 36 1 Há muito pouco poder moral no mundo cristão professo. Maus hábitos têm sido tolerados e leis físicas e morais têm sido desatendidas, até que o padrão geral de virtude e piedade se tornou excessivamente baixo. Os hábitos que rebaixam a norma de saúde física, enfraquecem as forças mentais e morais. A tolerância para com apetites e paixões pervertidos exerce uma influência controladora sobre os nervos e o cérebro. Os órgãos animais são estimulados, ao passo que os morais são deprimidos. É impossível ao intemperante ser um cristão, pois suas faculdades mais altas são trazidas em cativeiro pelas paixões. -- Testimonies for the Church 3:51 (1871). Um mundo inadvertido CSa 36 2 Temos perante nós uma grande obra -- a obra finalizadora de dar a última mensagem de advertência de Deus a um mundo pecador. Mas, que temos nós feito para dar esta mensagem? Olhai, peço-vos, aos muitos e muitos lugares que jamais foram penetrados. Vede nossos obreiros pisando sempre as mesmas terras, enquanto ao seu redor há um mundo negligenciado, jazendo em maldade e corrupção -- um mundo até agora inadvertido. Para mim isto é um terrível quadro. Que espantosa indiferença manifestamos para com as necessidades de um mundo a perecer! -- Testimonies for the Church 7:103 (1902). ------------------------Seção 2 -- Fatores de saúde O conhecimento de princípios elementares CSa 37 1 Muitos me têm perguntado: "Que procedimento devo seguir para preservar minha saúde? Minha resposta é: Deixai de transgredir as leis de vosso ser; deixai de condescender com o apetite depravado; ingeri alimentos simples; vesti-vos saudavelmente, o que requererá modéstia e simplicidade; trabalhai de maneira saudável; e não adoecereis. CSa 37 2 É pecado ser doente, pois toda a doença é resultado de transgressão. Muitos sofrem em conseqüência da transgressão de seus pais. Estes não podem ser censurados pelo pecado de seus pais; não obstante, é seu dever, indagar em que seus pais violaram as leis do seu ser, que trouxeram sobre seus descendentes tão desditosa herança; e naquilo em que os hábitos de seus pais foram errados, devem eles mudar de procedimento, e guiar-se por hábitos corretos, em melhor relação para com a saúde. CSa 37 3 Os homens e as mulheres devem informar-se no que tange à filosofia da saúde. A mente dos seres racionais parece estar imersa em escuridão no que respeita à sua própria estrutura física, e quanto a preservá-la em condições saudáveis. CSa 37 4 A presente geração tem confiado seu corpo aos médicos e sua alma aos ministros. Não pagam eles bem aos seus ministros para estudar a Bíblia em seu lugar, a fim de que não precisem ser molestados? e não é sua obrigação dizer-lhes aquilo em que eles devem crer, e solucionar todas as questões duvidosas de teologia sem investigação especial de sua parte? Se* estão doentes, vão ao médico -- crêem em tudo o que ele possa dizer, e ingerem qualquer coisa que ele possa prescrever; pois não lhe pagam um liberal honorário, e não é seu dever conhecer seus males físicos, e o que prescrever para deixá-los bem, sem precisarem ser atormentados com o problema? ... CSa 38 1 Tão estreitamente está a saúde relacionada com a nossa felicidade, que não podemos ter a última sem a primeira. É necessário um conhecimento prático da ciência da vida humana, a fim de que glorifiquemos a Deus em nosso corpo. É, por conseguinte, da mais alta importância que entre as matérias selecionadas para a infância, a fisiologia ocupe o primeiro lugar. Quão poucos sabem qualquer coisa sobre a estrutura e funções do seu próprio corpo e das leis naturais! Muitos estão sendo levados à deriva, à semelhança de um navio no mar sem bússola ou âncora; e, o que é pior, não estão interessados em aprender como conservar seu corpo em boas condições de saúde e evitar as doenças. Indispensável negação própria CSa 38 2 A condescendência com os apetites carnais tem degradado e escravizado a muitos. Renúncia e controle sobre os apetites animais são necessários, a fim de estabelecer uma condição melhorada de saúde e moralidade, e purificar a sociedade corrompida. Toda violação de princípio no comer e beber embota as faculdades de percepção, tornando-lhes impossível apreciarem ou darem o justo valor às coisas eternas. É de especial importância não permanecer a humanidade ignorante com respeito às conseqüências dos excessos. Temperança em todas as coisas é indispensável à saúde e ao desenvolvimento e crescimento de um bom caráter cristão. CSa 39 1 Os que transgridem as leis de Deus, existentes em seu próprio organismo, não serão menos vagarosos em violar a lei proclamada no Sinai. Aqueles que, após haverem recebido a luz, se recusam a comer e beber guiados pelo princípio em lugar de serem controlados pelo apetite, não serão perseverantes com relação a serem governados por princípio em outras coisas. A ventilação do assunto da reforma no comer e beber desenvolverá o caráter e conduzirá infalivelmente à luz aqueles que "fazem de seu ventre um deus". Responsabilidade dos pais CSa 39 2 Os pais devem despertar e, no temor de Deus, inquirir: Que é a verdade? Tremenda responsabilidade repousa sobre eles. Devem eles ser fisiologistas práticos, de maneira que possam distinguir entre os hábitos físicos corretos e os que não o são, e estejam capacitados a, por esse meio, instruir os seus filhos. A grande massa está tão ignorante e indiferente no que respeita à educação física e moral de seus filhos quanto os irracionais. E mesmo assim ousam assumir as responsabilidades de pais. CSa 39 3 Toda mãe deve relacionar-se com as leis que governam a vida física. Deve ela ensinar a seus filhos que a condescendência com o apetite animal produz uma ação mórbida no organismo e embota suas sensibilidades morais. Devem os pais buscar a luz e a verdade como se buscassem tesouros escondidos. É atribuído aos pais o sagrado encargo de formar o caráter de seus filhos na infância. Devem eles ser para seus filhos, professores e médicos. Cumpre-lhes compreender as necessidades e as leis da Natureza. Uma cuidadosa conformidade com as leis que Deus implantou em nosso ser preservará a saúde, e não permitirá que haja um quebrantamento da constituição física que tente o sofredor a chamar o médico para consertá-la novamente. CSa 40 1 Muitos parecem pensar que têm o direito de tratar o seu próprio corpo como lhes apraz, mas se esquecem de que seu corpo não é sua propriedade. Seu Criador, que os formou, tem sobre eles reivindicações das quais não podem livrar-se justamente. Toda transgressão desnecessária das leis que Deus estabeleceu em nosso ser é virtualmente uma violação da lei de Deus, e é um pecado tão grande à vista dos Céus como quebrantar um dos Dez Mandamentos. A ignorância quanto a esse importante assunto é pecado; a luz está agora a brilhar sobre nós, e estamos sem escusas, caso lhe não demos acolhida e nos tornemos sábios com relação a estas coisas, as quais deve ser do nosso mais elevado interesse terreno entender. A sabedoria das obras de Deus CSa 40 2 Levai o povo a estudar as manifestações do amor e da sabedoria de Deus nas obras da Natureza. Levai-os a estudar esse maravilhoso organismo que é o corpo humano, e as leis que o regem. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que compreendem alguma coisa da sabedoria e beneficência de Suas leis, e os resultados da obediência, virão a considerar seus deveres e obrigações sob um ponto de vista inteiramente diverso. Em vez de olhar a observância das leis da saúde como um sacrifício ou uma abnegação, considerá-la-ão, como em realidade é, uma inestimável bênção. CSa 40 3 Todo obreiro evangélico deve sentir que o instruir o povo quanto aos princípios do viver saudável, é uma parte do trabalho que lhe é designado. Grande é a necessidade dessa obra, e o mundo está aberto para ela. -- A Ciência do Bom Viver, 147 (1905). Governai o corpo CSa 41 1 A vida é dom de Deus. Nosso corpo nos foi dado para uso no serviço de Deus, e é Seu desejo que dele cuidemos e o prezemos. Estamos dotados de faculdades físicas e mentais. Nossos impulsos e paixões têm sua base no corpo e, por conseguinte, não deveis fazer coisa alguma que manche essa possessão entregue em confiança. Nosso corpo deve ser conservado nas melhores condições físicas possíveis, e sob as maiores influências espirituais, a fim de que possamos fazer o melhor uso dos nossos talentos. Lede 1 Coríntios 6:13. CSa 41 2 O mau uso do corpo encurta o período de tempo que Deus designa para uso em Seu serviço. Ao permitirmos que nós mesmos formemos maus hábitos dormindo tarde da noite, satisfazendo o apetite com prejuízo da saúde, lançamos o fundamento da debilidade. CSa 41 3 Ao negligenciarmos fazer exercício físico, ao sobrecarregarmos a mente ou o corpo, desequilibramos o sistema nervoso. Aqueles que assim encurtam a existência, desatendendo as leis da Natureza, são culpados de roubo para com Deus. Não temos nenhum direito de negligenciar ou fazer mau uso do corpo, da mente ou das energias, os quais devem ser utilizados para oferecer a Deus um devotado serviço. CSa 41 4 Devem todos possuir um conhecimento inteligente da estrutura humana, a fim de que possam conservar o seu corpo nas necessárias condições de fazer a obra do Senhor. Aqueles que formam hábitos que enfraquecem o poder dos nervos e diminuem o vigor da mente ou do corpo, tornam-se incapacitados para a obra que Deus lhes tem dado a fazer. Por outro lado, uma vida pura e sadia é mais propícia à perfeição do caráter cristão e ao desenvolvimento das faculdades da mente e do corpo.* CSa 42 1 A lei da temperança devem nortear a vida de todo cristão. Deus deve estar em todas as nossas cogitações; deve-se ter sempre em vista Sua glória. Devemos fugir de toda influência que nos escravize os pensamentos e nos afaste de Deus. Achamo-nos sob as sagradas obrigações para com Deus, de dirigir o nosso corpo e reger os nossos apetites e paixões de tal modo que eles não nos afastem da pureza e santidade, ou desviem-nos a mente da obra que Deus deseja que façamos. Lede Romanos 12:1. Apego a um regime simples CSa 42 2 Se já houve um tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser consultada sem consideração para a saúde física, intelectual e moral. CSa 42 3 A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. Por que não lêem os homens e mulheres, tornando-se mais versados nessas coisas que tão decididamente afetam sua resistência física, intelectual e moral? -- Testemunhos Selectos 1:262. Comprados por Deus CSa 43 1 "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. CSa 43 2 Não somos de nós mesmos. Fomos comprados por alto preço, os próprios sofrimentos e morte do Filho de Deus. Caso pudéssemos compreender isto, e o avaliássemos plenamente, experimentaríamos uma grande responsabilidade a pesar sobre nós quanto a manter-nos no melhor estado de saúde, a fim de prestar a Deus um serviço perfeito. Quando, porém, seguimos qualquer direção que nos gasta a vitalidade, diminui a força ou obscurece o intelecto, pecamos contra Deus. Ao seguirmos essa orientação não O glorificamos no corpo e no espírito, que Lhe pertencem, mas estamos cometendo grande erro aos Seus olhos. CSa 43 3 Entregou-Se Jesus Cristo por nós? Foi um grande preço pago pela nossa redenção? É mesmo verdade que não somos de nós mesmos? É real que todas as faculdades de nosso ser, nosso corpo, espírito, tudo quanto possuímos e tudo quanto somos, pertencem a Deus? Certamente sim. E ao compreendermos isto, sob que obrigação esse fato nos coloca para com o Senhor, de conservar-nos naquelas condições em que O possamos honrar na Terra em nosso corpo e em nosso espírito, que Lhe pertencem! A recompensa da santidade CSa 43 4 Cremos, sem nenhuma dúvida, que Cristo está para vir em breve. Isto não é uma fábula para nós; é uma realidade. Não temos dúvida, nem por anos temos duvidado uma só vez, de que as doutrinas que hoje mantemos sejam verdade presente, e de* que nos estamos aproximando do Juízo. Estamos nos preparando para encontrar-nos com Aquele que, acompanhado por uma comitiva de santos anjos, há de aparecer nas nuvens do céu, para dar aos fiéis e justos o toque final da imortalidade. Quando Ele vier, não nos há de purificar de nossos pecados, remover de nós os defeitos que há em nosso caráter, ou curar-nos das fraquezas de nosso temperamento e disposição. Se acaso esta obra houver de ser efetuada em nós, sê-lo-á totalmente antes daquela ocasião. CSa 44 1 Quando o Senhor vier, os que são santos serão santos ainda. Os que houverem conservado o corpo e o espírito em santidade, em santificação e honra, receberão então o toque final da imortalidade. Mas os que são injustos, não santificados e sujos, assim permanecerão para sempre. Nenhuma obra se fará então por eles para lhes tirar os defeitos, e dar-lhes um caráter santo. Então o Refinador não Se assentará para prosseguir em Seu processo de purificação, e para remover-lhes os pecados e a corrupção. Tudo isto deve ser feito nestas horas da graça. É agora que esta obra deve ser feita por nós. ... CSa 44 2 Achamo-nos agora na oficina de Deus. Muitos de nós somos pedras rústicas da pedreira. Ao apoderar-nos, porém, da verdade de Deus, sua influência nos afeta. Eleva-nos, e tira de nós toda imperfeição e pecado, seja de que natureza for. Assim estamos preparados para ver o Rei em Sua beleza, e unir-nos afinal com os puros anjos celestes no reino da glória. É aqui que esta obra tem de ser efetuada por nós; aqui que nosso corpo e espírito devem ser habilitados para a imortalidade. A obra da santificação CSa 44 3 Achamo-nos em um mundo avesso à justiça, à pureza de caráter, e ao crescimento na graça. Para onde quer que olhemos, vemos corrupção e contaminação, deformidade e pecado. E qual é a obra que devemos empreender aqui antes de receber a imortalidade? É conservar nosso corpo santo, puro o nosso espírito, para que avancemos incontaminados entre as corrupções pululantes ao nosso redor nestes últimos dias. E se esta obra se há de realizar, precisamos nela empenhar-nos imediatamente, com coração e entendimento. Aí não deve entrar o egoísmo para nos influenciar. O Espírito de Deus deve ter sobre nós perfeito domínio, influenciando-nos em todas as nossas ações. Se nos apegarmos devidamente ao Céu, ao poder do alto, experimentaremos a santificadora influência do Espírito de Deus em nosso coração. CSa 45 1 Ao procurarmos apresentar a reforma de saúde a nossos irmãos e irmãs, e lhes falarmos da importância do comerem e beberem, e fazerem tudo o que fizerem para a glória de Deus, muitos têm dito por suas ações: "Não é da conta de ninguém se comemos isto ou aquilo. Seja o que for que fizermos, nós mesmos é que temos de suportar as conseqüências." Prezados amigos, estais grandemente enganados. Não sois vós os únicos a sofrer por causa de vossa errônea maneira de viver. A sociedade em que estais, sofre em alto grau as conseqüências de vossos erros, da mesma maneira que vós. CSa 45 2 Se sofreis por causa de vossa intemperança no comer e beber, nós que nos achamos ao redor de vós ou a vós associados, também somos afetados por vossa enfermidades. Temos de sofrer por causa da maneira errônea em que viveis. Se isto tem o efeito de prejudicar-vos as faculdades mentais ou físicas, nós sentimos isto quando em convívio convosco, e somos assim afetados. Se, em vez de ter um espírito bem disposto, estais sombrios, lançais uma nuvem sobre o espírito de todos os que vos rodeiam. Se estamos tristes e deprimidos, e perturbados, poderíeis, caso vos encontrásseis na devida condição de saúde, ter um cérebro claro para nos mostrar uma porta de escape, e dirigir-nos uma palavra de conforto. Mas se vosso cérebro está tão nublado pela errônea maneira de viver que seguis, que não vos é possível dar-nos o justo conselho, não sofremos nós um prejuízo? Não nos afeta seriamente a influência que exerceis? Talvez tenhamos certo grau de confiança em nosso próprio juízo, todavia queremos ter conselheiros; pois "na multidão de conselheiros há segurança". Provérbios 11:14. CSa 46 1 Desejamos que nosso procedimento pareça coerente àqueles a quem amamos, e desejamos buscar-lhes o conselho e que eles estejam capazes de no-lo dar com um cérebro esclarecido. Mas que nos importa vosso juízo, se a capacidade de vosso cérebro foi sobrecarregada ao máximo, e a vitalidade retirada do mesmo para atender às comidas impróprias introduzidas em vosso estômago ou à enorme quantidade de alimento, mesmo que seja saudável? Que nos importa o juízo de tais pessoas? Eles vêem através de uma massa de comida indigesta. Portanto, vossa maneira de viver nos afeta. Impossível vos é seguir qualquer direção errônea, sem causar a outros sofrimento. A carreira cristã CSa 46 2 "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta: assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:24-27. Aqueles que se empenhavam na carreira para obter um laurel que era considerado honra especial, eram temperantes em todas as coisas, de modo que os músculos, o cérebro e todo o seu corpo se achassem nas melhores condições para correr. Caso eles não fossem temperantes em todas as coisas, não teriam aquela elasticidade que desfrutavam, sendo-o. Temperantes, poderiam correr com mais êxito aquela corrida; estariam mais seguros de obter a coroa. CSa 47 1 Mas não obstante toda a sua temperança -- todos os seus esforços para se submeterem a um cuidadoso regime de modo a estar nas melhores condições -- os que corriam a carreira terrestre corriam simplesmente ao acaso. Poderiam fazer o melhor que lhes fosse possível e, afinal de contas, não receber o penhor da honra; pois outro poderia estar um pouquinho adiante deles e alcançar o prêmio. Um apenas receberia a recompensa. Na carreira celeste, porém, podemos correr todos, e todos receberem o prêmio. Não há incerteza nem risco a esse respeito. Cumpre revestir-nos das graças celestes e, com olhos voltados para a coroa da imortalidade, manter o Modelo sempre diante de nós. Ele foi um homem de dores, e experimentado nos trabalhos. A vida humilde, abnegada de nosso divino Senhor, devemos conservar sempre em vista. E então, ao buscarmos imitá-Lo, olhos fitos na recompensa, podemos correr com segurança essa carreira, sabendo que, se fizermos o melhor ao nosso alcance, conseguiremos o prêmio com certeza. CSa 47 2 Os homens se submetiam à abnegação e à disciplina a fim de correr e obter uma coroa corruptível, daquelas que um dia perecem, e que era apenas um sinal de honra da parte dos mortais aqui. Nós, porém, temos de correr a corrida a cujo fim se acha uma coroa de imortalidade e vida eterna. Sim, um peso eterno de glória mui excelente, ser-nos-á outorgado como prêmio quando o fim da carreira chegar. "Nós", diz o apóstolo, "uma incorruptível." E se aqueles que se empenham nesta carreira aqui na Terra por uma coroa temporal, podiam ser temperantes em tudo, não o podemos nós, que temos em vista uma coroa incorruptível, um eterno peso de glória e vida que se compara à de Deus? Tendo diante de nós tão grande incentivo, não podemos correr "com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé"? Hebreus 12:1, 2. Ele indicou-nos o caminho, e assinalou-o em toda a sua extensão com as próprias pegadas. É a vereda por onde andou e, com Ele, podemos experimentar a abnegação e o sofrimento, e trilhar essa vereda marcada com Seu próprio sangue. Desenvolvei a habilidade CSa 48 1 Não vos contenteis em atingir um ideal baixo. Não somos o que poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus concedeu-nos faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses de Seu reino. CSa 48 2 Ninguém deve consentir em ser uma simples máquina acionada pelo espírito de outro homem. Deus concedeu-nos poder, para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar posições de responsabilidade. Mantende-vos na personalidade que recebestes de Deus. Não sejais a sombra de outra pessoa. Esperai que o Senhor opere em vós, convosco e por vós. -- A Ciência do Bom Viver, 498, 499. Temperança em todas as coisas CSa 49 1 A reforma da saúde é parte importante da mensagem do terceiro anjo; e, como um povo que professa esta reforma, não devemos recuar, mas fazer contínuos progressos. É grande coisa manter a saúde, colocando-nos em correta relação para com as leis da vida, e muitos não têm feito isto. Grande parte das doenças e sofrimentos existentes entre nós é o resultado da transgressão de lei física, e é trazido sobre os indivíduos em virtude de seus próprios hábitos maus. CSa 49 2 Nossos antepassados legaram-nos costumes e apetites que estão enchendo o mundo de doenças. Os pecados dos pais, através de desejos pervertidos, são, com poder assustador, visitados sobre os filhos até a terceira e quarta geração. A maneira incorreta de alimentar-se de muitas gerações, a glutonaria e os hábitos de condescendência própria das pessoas, estão enchendo as casas de misericórdia, as prisões e os hospícios. A intemperança, a ingestão de chá, café, vinho, cerveja, rum e conhaque, e o uso do fumo, ópio e outros narcóticos têm resultado em grande degeneração física e mental, e esta degenerescência está em constante crescimento. CSa 49 3 São esses males trazidos sobre a raça por determinação divina? Não; eles existem pelo fato de as pessoas agirem contrariamente às Suas determinações e ainda continuarem a menosprezar imprudentemente as Suas leis. Nas palavras do apóstolo, suplico àqueles que não estão cegados e paralisados pelos ensinos e práticas errôneos, àqueles que desejam prestar a Deus o melhor serviço de que sejam capazes: "Rogo-vos, pois irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para* que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. Não temos o direito de arbitrariamente violar um único princípio da lei da saúde. Os cristãos não devem seguir os costumes e práticas do mundo. CSa 50 1 A história de Daniel é posta em realce para nosso benefício. Escolheu ele seguir um procedimento que o tornaria singular na corte real. Não se conformou com os hábitos dos cortesãos, quanto a comer e beber, mas propôs em seu coração que não tomaria da alimentação do rei nem beberia de seus vinhos. Não foi este um propósito formado apressadamente e vacilante, mas foi um propósito feito inteligentemente, e resolutamente posto em execução. Daniel honrou a Deus; e cumpriu-se a seu respeito a promessa: "Porque aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. O Senhor deu-lhe "conhecimento e inteligência em todas as letras e sabedoria", e ele teve "entendimento em toda visão e sonho" (Daniel 1:17); dessa forma, foi ele mais sábio do que todos nas cortes reais, mais sábio do que todos os astrólogos e mágicos do reino. CSa 50 2 Os que servem a Deus em sinceridade e verdade devem ser um povo peculiar, diferentes do mundo e dele separados. Seu alimento será preparado não com vistas a estimular à glutonaria ou satisfazer o paladar pervertido, mas para assegurar-lhes maior força física e, conseqüentemente, melhores condições mentais. ... CSa 50 3 A excessiva condescendência no comer e beber é pecado. Nosso Pai celestial outorgou-nos a grande bênção da reforma da saúde, para que possamos glorificá-Lo, atendendo as reivindicações que Ele tem sobre nós. É dever de todos os que receberem luz sobre esse importante assunto manifestar maior interesse para com aqueles que ainda estão sofrendo por falta de conhecimento. Os que estão aguardando o breve aparecimento de seu Salvador devem ser os últimos a manifestar falta de interesse nesta grande obra de reforma. A ação harmoniosa e salutar de todas as energias do corpo e da mente resulta em felicidade; quanto mais elevadas e aprimoradas as energias, tanto mais pura e perfeita a felicidade. Uma vida sem objetivo é uma vida morta. A mente deve deter-se sobre assuntos relacionados com nossos interesses eternos. Isso conduzirá à saúde do corpo e da mente. CSa 51 1 Nossa fé requer que elevemos o padrão da reforma e demos passos avançados. A condição de nossa aceitação para com Deus é uma separação prática do mundo. O Senhor nos chama como um povo: "Saí do meio deles, e apartai-vos", "e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei." O mundo poderá desprezar-vos por não satisfazerdes suas normas, tomardes parte em seus divertimentos desregrados e seguirdes seus perniciosos caminhos; mas o Deus dos Céus promete receber-vos e ser o vosso Pai. "E vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:17, 18. O mundo não serve de norma CSa 51 2 O mundo não deve servir de modelo para nós. É moda condescender com o apetite em alimentos requintados e estímulos artificiais, fortalecendo as propensões animais e frustrando o crescimento e desenvolvimento das faculdades morais. Não existe encorajamento dado a qualquer dos filhos e filhas de Adão, para que eles possam tornar-se vitoriosos na luta cristã, a não ser que decidam praticar a temperança em todas as coisas. Se fizerem isto, eles não combaterão como aqueles que combatem no ar. -- Testimonies for the Church 4:35 (1876). Exercício físico CSa 52 1 Outra bênção preciosa é o exercício apropriado. Há muitos indolentes e inativos que são avessos a trabalho físico ou exercício, porque este os fatiga. Que mal há em que se fatiguem? A razão de se cansarem é que não revigoram seus músculos pelo exercício, e por isso se ressentem ao mínimo esforço. Mulheres e moças inválidas sentem-se mais satisfeitas por ocuparem-se com trabalhos leves, como fazer crochê, bordar ou fazer renda, do que empenhar-se em atividade física. Se os inválidos desejam recobrar a saúde, não devem eles deixar de fazer exercício físico; pois do contrário aumentarão a fraqueza muscular e a debilidade geral. Atai um braço e deixai-o permanecer sem uso, mesmo que seja por umas poucas semanas; libertai-o depois de seu cativeiro, e notareis que ele está mais enfraquecido do que o que estivestes usando moderadamente durante o mesmo espaço de tempo. A inatividade produz o mesmo efeito sobre o sistema muscular todo. O sangue não é tão capaz de expelir as impurezas como seria se a circulação ativa fosse produzida pelo exercício. CSa 52 2 Quando a temperatura permitir, todos os que puderem assim fazer devem andar ao ar livre cada dia, tanto no verão como no inverno. Mas a roupa deve ser apropriada para o exercício, e os pés devem estar bem protegidos. Uma caminhada, ainda que seja no inverno, será mais benéfica à saúde do que todos os remédios que os médicos possam prescrever. Para os que podem fazê-lo, o andar a pé é preferível a andar de condução. Os músculos e veias tornam-se mais capacitados a desempenhar seu trabalho. Haverá aumento de vitalidade, tão necessária à saúde. Os pulmões realizarão a atividade indispensável; pois é impossível sair ao ar revigorante de uma manhã de inverno sem encher os pulmões.* CSa 53 1 As riquezas e a ociosidade são tidas por alguns como bênçãos de fato. Mas, quando alguma pessoa adquiriu fortuna, ou a herdou inesperadamente, seus ativos hábitos foram interrompidos, seu tempo é mal empregado, ela vive ociosamente e sua utilidade parece chegar a um fim; torna-se inquieta, ansiosa e infeliz, e sua vida logo se encerra. Aqueles que estão sempre ocupados e vão alegremente ao desempenho de suas tarefas diárias, são os mais felizes e vigorosos. O repouso e a tranqüilidade da noite traz ao seu corpo cansado repouso ininterrupto. ... CSa 53 2 O exercício auxiliará o trabalho da digestão. Andar ao ar livre após a refeição, conservando a cabeça erguida, pondo os ombros para trás, e fazer exercícios moderados, será um grande benefício. A mente se desprenderá de si mesma para as belezas da Natureza. Quanto menos a atenção é atraída para o estômago após a refeição, tanto melhor. Se estiverdes em constante temor de que o vosso alimento vos prejudique, certamente o fará. Esquecei-vos de vós mesmos, e pensai em alguma coisa alegre. Resfriados e ar frio CSa 53 3 Muitos laboram sob a falsa idéia de que, se apanharam resfriado, devem evitar cuidadosamente o ar do lado de fora e aumentar a temperatura de seus quartos até que estes estejam excessivamente quentes. O organismo poderá ser desarranjado, os poros poderão fechar-se pelas substâncias residuais, e os órgãos internos sofrerem até certo ponto inflamações, porque o sangue que se resfriou refluiu da superfície e foi lançado sobre eles. Nessa ocasião, mais do que em qualquer outra, os pulmões não devem ser privados de ar puro e fresco. Se ar puro alguma vez é necessário, o é quando alguma parte do organismo, como os pulmões ou o estômago, está doente. O exercício inteligente levará o sangue para a superfície, e aliviará assim os órgãos internos. O exercício ativo, embora não violento, ao ar livre, com espírito alegre, estimulará a circulação, dando à pele um rubor salutar, e enviando o sangue, vitalizado pelo ar puro, às extremidades. O estômago doente encontrará alívio por meio do exercício. Os médicos freqüentemente aconselham os enfermos a visitarem países estrangeiros, a irem a estações balneárias ou viajar pelo oceano, a fim de reaver a saúde; quando em nove, de cada dez casos, eles recobrariam a saúde e poupariam tempo e dinheiro, se se alimentassem com temperança e se dedicassem a exercícios saudáveis com um espírito alegre. Exercício, e o livre e abundante uso do ar e luz solar -- bênçãos que o Céu tem outorgado a todos nós livremente -- dará vida e força ao enfermo macilento. ... Inatividade e fraqueza CSa 54 1 Aqueles que deixam de fazer uso de seus membros cada dia, perceberão um enfraquecimento ao procurarem exercitar-se. As veias e músculos não estarão em condições de desempenhar o seu trabalho e conservar todo o mecanismo vital em atividade sadia, cada órgão do corpo fazendo sua parte. Os membros serão fortalecidos pelo uso. O exercício moderado cada dia comunicará energia aos músculos, os quais sem exercício se tornam flácidos e debilitados. Por meio de exercício ativo ao ar livre, todos os dias, o fígado, os rins e os pulmões também serão fortalecidos para desempenharem sua obra. Trazei em vosso auxílio o poder da vontade, o que resistirá o resfriado e comunicará energia ao sistema nervoso. Em pouco tempo notareis de tal maneira os resultados benéficos do exercício e do ar puro que não mais desejareis viver sem essas bênçãos. Vossos pulmões, privados de ar, seriam semelhantes a uma pessoa faminta com falta de alimento. Na verdade, podemos viver mais tempo sem alimento do que sem ar -- o alimento provido por Deus para os pulmões. Por conseguinte, não o considereis como um inimigo, mas como uma preciosa bênção divina. Ar puro e luz solar CSa 55 1 Sob hipótese alguma deve-se privar as pessoas doentes de um completo suprimento de ar fresco, em condições atmosféricas agradáveis. Seus dormitórios nem sempre poderão ser construídos de maneira a permitirem que as janelas ou portas sejam abertas sem atraírem a corrente de ar diretamente sobre eles, expondo-os assim a apanharem resfriado. Em tais casos, as janelas e portas devem ser abertas em um aposento contíguo, permitindo assim que o ar fresco penetre no quarto ocupado pelo doente. O ar fresco proporcionará muito maior benefício às pessoas enfermas do que medicamentos, e é muito mais necessário a elas do que o seu alimento. Elas passarão melhor, e se recuperarão mais depressa, quando privadas de alimento, do que quando privadas de ar. CSa 55 2 Muitos doentes têm sido confinados por semanas e até meses em quartos fechados, sem contato com a luz e o puro e revigorante ar exterior, como se o ar fosse um inimigo mortal, quando este é exatamente o remédio de que necessitam para torná-los curados. ... Esses remédios valiosos, que o Céu providenciou, sem dinheiro e sem preço, foram postos de lado e, não somente considerados inúteis, mas até como inimigos perigosos, enquanto venenos, prescritos por médicos, foram tomados com cega confiança. CSa 55 3 Milhares têm perecido por falta de água e ar puro para que pudessem continuar vivos. E milhares de sofredores, que constituem um fardo para si mesmos e para os outros, pensam que sua vida dependa da ingestão de remédios dos médicos. Estão constantemente precavendo-se contra o ar e a evitar o uso de água. Necessitam eles dessas bênçãos, a fim de que possam tornar-se bons. Se eles fossem esclarecidos e deixassem os remédios de lado, e se acostumassem ao exercício ao ar livre e à entrada de ar em suas casas, no verão e no inverno,* e usassem água pura para beber e banhar-se, sentir-se-iam relativamente melhores e mais felizes, em lugar de levarem uma existência deplorável. A saúde da enfermeira deve ser considerada CSa 56 1 É dever das atendentes e enfermeiras dispensarem cuidado especial à sua própria saúde, de modo especial em casos graves de febre e debilidade. Não deve a mesma pessoa ser rigorosamente confinada ao quarto dos enfermos. É mais seguro ter duas ou três em quem confiar-se, que sejam enfermeiras cuidadosas e entendidas, revezando-se estas e participando do cuidado e confinamento dos pacientes. Cada uma deve fazer exercício físico ao ar livre tanto quanto lhes seja possível. Isto é importante para as atendentes de pessoas enfermas, especialmente se os amigos do doente se acham entre a classe que continua a considerar como inimigo o ar, quando admitido no quarto dos pacientes, e não permitem que as vidraças sejam levantadas ou as portas abertas. Em tais casos o doente e as atendentes são obrigados a respirar o ar venenoso de dia para dia, em virtude da indesculpável ignorância dos amigos do doente. CSa 56 2 Em não poucos casos as atendentes são ignorantes das necessidades do organismo, e da relação que o respirar ar puro mantém para com a saúde, e da influência destruidora sobre a vida, da inalação do ar impuro, do quarto de um paciente. Em casos tais a vida do doente é posta em perigo, e as próprias atendentes estão sujeitas a contrair a enfermidade, perderem a saúde, e talvez a vida. ... CSa 56 3 O quarto dos doentes deve ter, se possível, uma corrente de ar a passar-lhe pelo interior, dia e noite. A corrente não deve vir diretamente sobre o enfermo. Enquanto as febres ardentes estão em ação, há bem pouco perigo de apanhar resfriado. Mas é necessário cuidado especial quando a crise vem e a febre passa. Nesse caso talvez seja necessário constante vigilância, a fim de manter a vitalidade do organismo. Deve-se proporcionar ao doente ar puro revigorante. Se nenhum outro meio puder ser providenciado, na medida do possível deve o doente ser removido para outro quarto e outra cama, enquanto o seu quarto, sua cama e objetos com ela relacionados estão sendo purificados pela ventilação. Se aqueles que estão com saúde necessitam dos benefícios da luz e do ar, e precisam observar hábitos higiênicos, a fim de continuarem sãos, maior ainda é a necessidade do doente, em relação à sua condição debilitada. CSa 57 1 Algumas casas são dispendiosamente aparelhadas, mais para satisfazer o orgulho e receber visitas do que para conforto e conveniência da saúde da família. Os melhores quartos são mantidos no escuro. A luz e o ar são impedidos de entrar, para que aquela não prejudique os custosos móveis, os tapetes não se desbotem ou se estrague a pintura dos quadros. Ao estarem assentados nesses compartimentos, os visitantes acham-se em perigo de resfriar-se por causa da sombria atmosfera que os cerca. Salas e quartos de dormir são conservados fechados igualmente por razões idênticas. E quem quer que ocupe essas camas, que não foram expostas livremente à luz e ao ar, o faz com prejuízo da saúde, e muitas vezes da própria vida. CSa 57 2 Os quartos que não são expostos à luz e ao ar, tornam-se abafados. As camas e seus objetos acumulam umidade e a atmosfera desses quartos torna-se venenosa por não ter sido renovada pela luz e o ar. ... CSa 57 3 De modo especial os dormitórios devem ser bem ventilados, e sua atmosfera tornada saudável pela luz e o ar. As persianas devem ser mantidas suspensas por várias horas todos os dias, e as cortinas afastadas, e os quartos completamente arejados. Coisa alguma deve permanecer, mesmo que seja por pouco tempo, que impeça a purificação da atmosfera. ... CSa 57 4 Os dormitórios devem ser amplos, e dispostos de forma a permitir a circulação do ar pelo seu interior dia e noite. Aqueles que têm omitido o ar dos seus quartos de dormir devem começar a modificar o seu procedimento imediatamente. Devem permitir a entrada do ar por etapa e aumentar a sua circulação o quanto possam suportá-lo, tanto no inverno como no verão, sem nenhum perigo de se resfriarem. A fim de que possam manter-se sadios, devem os pulmões ter ar puro. CSa 58 1 Aqueles que não tiveram ar puro a circular-lhes pelo quarto à noite, em geral despertam sentindo-se cansados e febris e desconhecem a causa. Foi o ar, ar vital, que todo o organismo reclamou, mas que não obteve. Ao despertarem pela manhã, a maioria das pessoas seriam beneficiadas friccionando-se com uma esponja ou, se preferirem, com a mão, usando apenas uma bacia com água. Isso removerá as impurezas da pele. Depois as roupas de cama devem ser removidas peça por peça, e expostas ao ar. As janelas devem ser abertas, presas as cortinas, e deve-se permitir ao ar circular livremente por várias horas, senão o dia todo, pelos dormitórios. Dessa forma a cama e as roupas serão completamente arejadas, e as impurezas serão removidas do quarto. CSa 58 2 Árvores sombrias e arbustos muito perto e densos em volta da casa são prejudiciais à saúde; pois impedem a livre circulação do ar e interceptam os raios solares. Em conseqüência, a umidade se acumula na casa. Especialmente na estação chuvosa, os dormitórios tornam-se úmidos, e aqueles que os ocupam são perturbados com reumatismo, nevralgia e enfermidades do pulmão, as quais em geral findam em tuberculose. As numerosas árvores frondosas deixam cair grande quantidade de folhas, as quais, se não forem removidas imediatamente, decompõem-se e envenenam a atmosfera. Um belo jardim com árvores e arbustos, a uma distância apropriada da casa, traz uma feliz e agradável influência sobre a família; e, se bem cuidado, não trará nenhum prejuízo à saúde. As moradias devem, na medida do possível, ser construídas em terreno elevado e seco. Se uma casa é construída onde as águas se lhe param ao redor, permanecendo por algum tempo e, em seguida, escoando-se até terminar, desprendem-se emanações venenosas, e o resultado será febre, malária, garganta inflamada, enfermidades pulmonares e outras doenças. CSa 59 1 Muitos têm esperado que Deus os guarde das doenças simplesmente por Lhe haverem pedido que assim o fizesse. Deus, porém, lhes não considera as orações, pois sua fé não fora aperfeiçoada pelas obras. Deus não operará um milagre para proteger das enfermidades aqueles que não têm cuidado de si mesmos, mas estão continuamente a violar as leis da saúde e nenhum esforço fazem para proteger-se da doença. Quando fazemos tudo o que podemos de nossa parte para ter saúde, então podemos esperar que os resultados benéficos se sigam, e podemos pedir a Deus que abençoe os nossos esforços para a preservação da saúde. Ele então responderá à nossa prece, caso o Seu nome possa, por esse meio, ser glorificado. Mas fazei com que todos entendam que têm uma obra fazer. Deus não operará de maneira miraculosa para preservar a saúde de pessoas que, por sua falta de atenção para com as leis da saúde, estão seguindo um caminho seguro para se tornarem doentes. Respiração profunda CSa 59 2 Para possuir bom sangue, é preciso respirar bem. Plena e profunda respiração de ar puro, que encha os pulmões de oxigênio, purifica o sangue. Isto comunica ao mesmo uma cor viva, enviando-o, qual corrente vitalizadora, a todas as partes do corpo. Uma boa respiração acalma os nervos; estimula o apetite, e faz mais perfeita a digestão, o que conduz a um sono profundo e refrigerante. -- A Ciência do Bom Viver, 272. Superstições com relação ao ar noturno CSa 59 3 Muitos foram ensinados desde a infância a crer que o ar noturno é positivamente prejudicial à saúde, e, por conseguinte, deve ser excluído de seus quartos. Para seu próprio prejuízo fecham eles as janelas e portas de seus dormitórios, a fim de proteger-se do ar noturno, o qual, dizem, é muito perigoso para a saúde. Nisto estão enganados. No frescor do anoitecer talvez seja necessário proteger-se do esfriamento com agasalhos extras; mas as pessoas devem proporcionar ar aos seus pulmões. ... Muitos estão sofrendo enfermidades por recusarem receber em seus quartos o puro ar noturno. O ar livre e puro do espaço é uma das mais ricas bênçãos das quais podemos desfrutar. -- Testimonies for the Church 2:527, 528 (1870). A influência do ar puro CSa 60 1 Ar, ar, a preciosa dádiva do Céu, que todos podem ter, beneficiar-vos-á com sua revigorante influência, caso lhe não recuseis a penetração. Dai-lhe as boas-vindas, tende-lhe afeição e ele se revelará um precioso calmante dos nervos. O ar deve estar em constante circulação para manter-se puro. O efeito do ar puro e fresco é fazer com que o sangue circule de maneira saudável através do organismo. Ele refresca o corpo e tende a comunicar-lhe força e saúde, ao mesmo tempo que sua influência é claramente sentida sobre a mente, comunicando uma espécie de calma e serenidade. Desperta o apetite, torna mais perfeita a digestão dos alimentos e conduz a sono saudável e tranqüilo. -- Testimonies for the Church 1:702 (1870). Higiene escrupulosa CSa 61 1 Quando uma doença grave penetra numa família, há grande necessidade de cada um dos membros dar estrita atenção ao asseio pessoal, e ao regime alimentar, para se conservarem em estado sadio e, assim fazendo, se fortalecerem contra a doença. É também de suma importância que o quarto do doente, desde o princípio, tenha ventilação adequada. Isto será benéfico para o doente, e grandemente necessário para conservar sãos os que são obrigados a permanecer bastante tempo no quarto. ... CSa 61 2 Grande quantidade de sofrimento poder-se-ia poupar se todos trabalhassem para evitar a doença, obedecendo estritamente às leis da saúde. Estritos hábitos de asseio devem ser observados. Muitos, enquanto se acham bem, não se dão ao trabalho de manter-se com saúde. Negligenciam o asseio pessoal, e não são cuidadosos em manter limpa sua roupa. Impurezas estão constante e imperceptivelmente saindo do corpo, pelos poros, e se a superfície da pele não for conservada em estado sadio, o organismo se sobrecarrega com substâncias impuras. Se a roupa usada não é lavada freqüentemente, e muitas vezes arejada, torna-se imunda com as impurezas que são expelidas do corpo pela perspiração sensível e insensível. E se a roupa usada não é limpa freqüentemente dessas impurezas, os poros da pele reabsorvem a matéria gasta expelida. As impurezas do corpo, se não se permitir que saiam, são devolvidas ao sangue e impostas aos órgãos internos. A natureza, para aliviar-se das impurezas tóxicas, faz um esforço por livrar o organismo -- esforço que produz febres, e que se denomina* doença. Mas mesmo então, se os doentes ajudassem a Natureza em seus esforços, mediante o uso de água pura, branda, muito sofrimento seria evitado. Muitos, porém, em vez de isso fazer, e procurar remover do organismo a matéria tóxica, nele introduzem um veneno mais mortífero, para remover um tóxico já ali presente. CSa 62 1 Se toda família reconhecesse os benéficos resultados de um asseio completo, fariam esforços especiais para remover toda impureza, de si e de sua casa, e estenderiam seus esforços aos arredores. Muitos deixam matéria vegetal em decomposição na proximidade de sua casa. Não estão alerta aos efeitos dessas coisas. Dessas substâncias em decomposição sobe constantemente uma emanação que intoxica o ar. Inalando o ar impuro, intoxica-se o sangue, os pulmões ficam afetados, e todo o organismo enferma. Doenças de quase todas as descrições são causadas pela inalação do ar afetado por essas substâncias em decomposição. CSa 62 2 Famílias têm sido afligidas com febres, alguns membros têm morrido e os restantes da família quase murmuraram contra seu Criador por causa da triste perda, quando a causa única de toda a sua doença e morte foi resultado de seu próprio descuido. As sujidades em volta de sua casa acarretaram-lhes doenças contagiosas, e as tristes aflições de que acusam a Deus. Toda a família que preze a saúde deve limpar sua casa e arredores de toda substância em decomposição. CSa 62 3 Deus ordenou que os filhos de Israel em caso algum tolerassem a impureza em sua pessoa ou sua roupa. Os que tinham qualquer impureza pessoal eram excluídos do acampamento até à tarde, e então tinham que lavar-se e a sua roupa, antes de poderem entrar no acampamento. Também lhes ordenou Deus que não tivessem sujidades em seus arredores até grande distância do acampamento, para que o Senhor, passando, não visse sua imundície. CSa 63 1 Com respeito ao asseio, Deus não requer menos de Seu povo hoje, do que em relação ao Israel antigo. A negligência da limpeza induz a doença. Doença e morte prematura não vêm sem causa. Febres obstinadas e graves doenças têm prevalecido em comunidades e cidades anteriormente consideradas salubres, e alguns têm morrido, enquanto outros foram deixados com a constituição alquebrada, mutilados por toda a vida, pela doença. Em muitos casos seu próprio quintal contém o agente de destruição, que despediu veneno letal para a atmosfera, para ser inalado pela família e a vizinhança. A lerdeza e negligência testemunhada às vezes é animalesca, e a ignorância dos efeitos dessas coisas sobre a saúde é assombrosa. Esses lugares devem ser limpos, especialmente no verão, com auxílio de cal, ou cinza, ou pelo enterramento diário. Usar alimento simples CSa 63 2 A fim de poderdes apresentar a Deus serviço perfeito, deveis possuir claras concepções de Seus reclamos. Deveis usar os alimentos mais simples, preparados da maneira mais natural, para que os delicados nervos do cérebro não sejam enfraquecidos, entorpecidos ou paralisados, tornando-se-vos impossível discernir as coisas sagradas, e avaliar a expiação, o sangue purificador de Cristo, como de valor inestimável. -- Testimonies for the Church 2:46 (1868). Hábitos físicos e saúde espiritual CSa 64 1 O caráter de Daniel é apresentado ao mundo como um admirável exemplo do que a graça de Deus pode fazer de homens caídos por natureza e corrompidos pelo pecado. O registro de sua vida nobre, abnegada, é uma animação para a humanidade em geral. Dela podemos reunir força para resistir nobremente à tentação e, firmemente e na graça da mansidão, suster-nos pelo direito sob a mais severa provação. A experiência de Daniel CSa 64 2 Daniel poderia haver encontrado uma desculpa plausível para desviar-se de seus estritos hábitos de temperança; mas a aprovação de Deus era para ele mais cara do que o favor do mais poderoso potentado terreno -- mais cara mesmo do que a própria vida. Havendo, por sua conduta cortês, obtido o favor de Melzar -- o oficial que tinha a seu cargo os jovens hebreus -- Daniel pediu que lhes concedesse não precisarem comer o manjar da mesa do rei, nem beber de seu vinho. Melzar temia que, condescendendo com este pedido, poderia incorrer no desagrado do rei, e assim pôr em perigo sua própria vida. Semelhante a muitos presentemente, ele pensava que um regime moderado faria que estes jovens se tornassem pálidos e de aparência doentia, e deficientes na força muscular, ao passo que o abundante alimento da mesa do rei os tornaria corados e belos, e promoveria as atividades física e mental. CSa 64 3 Daniel pediu que a questão se decidisse por uma prova de dez dias, sendo permitido aos jovens hebreus, durante esse breve período, comer um alimento simples, enquanto seus companheiros participavam das guloseimas do rei. A petição foi, finalmente, deferida e, então, Daniel sentiu-se seguro de que* havia ganho sua causa. Conquanto jovem, havia visto os danosos efeitos do vinho e de um viver luxuoso sobre a saúde física e mental. CSa 65 1 Ao fim dos dez dias achou-se ser exatamente o contrário das expectativas de Melzar. Não somente na aparência pessoal, mas em atividade física e vigor mental, aqueles que haviam sido temperantes em seus hábitos exibiram uma notável superioridade sobre seus companheiros que condescenderam com o apetite. Como resultado desta prova, a Daniel e seus companheiros foi permitido continuarem seu regime simples durante todo o curso de seu preparo para os deveres do reino. CSa 65 2 O Senhor recompensou com aprovação a firmeza e renúncia destes jovens hebreus, e Sua bênção os acompanhou. Ele lhes "deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos". Ao expirarem os três anos de preparo, quando sua habilidade e seus conhecimentos foram examinados pelo rei, "entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Ananias, Misael e Azarias; por isso permaneceram diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino". Daniel 1:17, 19, 20. CSa 65 3 Há aqui uma lição para todos, mas especialmente para os jovens. Uma estrita concordância com os reclamos divinos é benéfica à saúde do corpo e da mente. Para atingirmos o mais elevado padrão de conhecimentos morais e intelectuais, é necessário pedir a Deus sabedoria e força, e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros temos um exemplo do triunfo do princípio sobre a tentação para condescender com o apetite. Isso nos mostra que por meio de princípios religiosos os jovens podem triunfar sobre os desejos da carne e permanecer leais aos reclamos divinos, mesmo que isso lhes custe grande sacrifício. CSa 66 1 Que seria, se Daniel e seus companheiros se tivessem comprometido com aqueles funcionários pagãos, e tivessem cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costumeiro entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio do princípio ter-lhes-ia enfraquecido o senso da justiça e sua aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria implicado no sacrifício do vigor físico, da clareza do intelecto e do poder espiritual. Um só passo errado, provavelmente teria levado a outros, até que, cortada sua ligação com o Céu, tivessem sido arrebatados pela tentação. ... CSa 66 2 A vida de Daniel é uma ilustração inspirada do que constitui um caráter santificado. A santificação bíblica tem que ver com o homem todo. ... É impossível as pessoas apreciarem as bênçãos da santificação enquanto são egoístas e glutonas. Essas gemem sob um fardo de enfermidades, por causa dos maus hábitos no comer e beber, os quais fazem violência às leis da vida e da saúde. Muitos estão debilitando seus órgãos digestivos ao condescenderem com o apetite pervertido. O poder da constituição humana para resistir os abusos que se lhe impõem é maravilhoso; mas os persistentes maus hábitos no excessivo comer e beber enfraquecerão cada função do corpo. Fazei com que esses fracos considerem o que poderiam ter sido, tivessem eles vivido temperantemente e promovido a saúde, em lugar de abusar dela. Ao condescenderem com o apetite e as paixões pervertidos, até os professos cristãos frustram a natureza em sua obra e reduzem o poder físico, mental e moral. Alguns que estão fazendo isso, pretendem estar santificados para Deus; mas tal pretensão é sem fundamento. ... A santificação um princípio vivo CSa 67 1 Devemos considerar as palavras do apóstolo Paulo, nas quais apela ele a seus irmãos, pela compaixão de Deus, para que apresentem seus corpos "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". ... A santificação não é apenas uma teoria, uma emoção ou uma forma de palavras, mas um princípio vivo e ativo, que faz parte da vida diária. Demanda que nossos hábitos no comer, beber e vestir sejam de molde a assegurar a preservação da saúde física, mental e moral, para que possamos apresentar ao Senhor os nossos corpos -- não uma oferta corrompida por hábitos maus -- mas "um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. CSa 67 2 Ninguém que professe piedade considere com indiferença a saúde do corpo, e se iluda com o pensamento de que a intemperança não é pecado e não afetará sua espiritualidade. Existe uma estreita afinidade entre a natureza física e a moral. O padrão de virtude é elevado ou rebaixado por meio dos hábitos físicos. O excesso na ingestão do melhor alimento produzirá um estado mórbido dos sentimentos morais. E, se o alimento não for o mais saudável, os efeitos serão ainda mais danosos. Qualquer hábito que não promova o perfeito funcionamento saudável do organismo humano degrada as mais elevadas e nobres faculdades. Os maus hábitos no comer e beber conduzem a erros no pensamento e ação. A condescendência com o apetite fortalece as tendências animais, dando-lhes ascendência sobre as faculdades mental e espiritual. CSa 67 3 "Que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma" (1 Pedro 2:11), é o apelo do apóstolo Pedro. Muitos consideram esta admoestação como sendo aplicável apenas aos licenciosos; ela, porém, tem um significado mais amplo. Preserva de toda transigência danosa do apetite ou paixão. É uma advertência muito enérgica contra o uso de estimulantes tais como chá, café, fumo, álcool e morfina. Essas condescendências podem ser classificadas entre as concupiscências que exercem uma influência perniciosa sobre o caráter. Quanto mais cedo esses hábitos nocivos são contraídos, tanto mais firmemente mantêm eles suas vítimas em servidão à concupiscência, e tanto mais certamente rebaixarão elas o padrão de espiritualidade. CSa 68 1 O ensino bíblico não exercerá senão uma tênue impressão sobre aqueles cujas faculdades estão entorpecidas pela condescendência com o apetite. Milhares sacrificarão não somente a saúde e a vida, mas sua esperança de um Céu, de preferência a moverem guerra contra seu próprio apetite depravado. Uma senhora, que por muitos anos pretendia estar santificada, fez a declaração de que, se devesse escolher entre seu cachimbo e o Céu, ela diria: "Adeus, Céu; não posso vencer meu apego por meu cachimbo." Esse ídolo fora abrigado na alma, reservando-se a Jesus um lugar secundário. Não obstante, aquela mulher pretendia ser inteiramente do Senhor! CSa 68 2 Onde quer que estejam, aqueles que são verdadeiramente santificados elevarão a norma moral preservando os hábitos físicos corretos e, à semelhança de Daniel, apresentando a outros um exemplo de temperança e renúncia própria. Todo apetite pervertido torna-se um desejo adverso. Tudo que é incompatível com a lei natural cria uma condição doentia da alma. A condescendência com o apetite produz um estômago dispéptico, um fígado entorpecido, um cérebro embotado e, por conseguinte, perverte a índole e o espírito do homem. E essas faculdades debilitadas são oferecidas a Deus, que recusava aceitar as vítimas em sacrifício a menos que estas estivessem sem defeito. É nosso dever pôr nosso apetite e nossos hábitos de vida em conformidade com a lei natural. Se os corpos oferecidos sobre o altar de Cristo fossem examinados com o mesmo rigoroso escrutínio a que eram submetidos os sacrifícios judaicos, quem seria aceito com os nossos hábitos presentes? CSa 69 1 Com que cuidado devem os cristãos reger os seus hábitos, a fim de que possam conservar o pleno vigor de cada faculdade para entregar ao serviço de Cristo! Se estivermos santificados em alma, corpo e espírito, devemos viver em conformidade com a lei divina. O coração não pode manter a consagração a Deus enquanto se condescende com os apetites e paixões a expensas da saúde e da vida. ... CSa 69 2 As inspiradas advertências de Paulo contra a condescendência própria soam desde então até o nosso tempo. ... Apresenta ele para o nosso encorajamento a liberdade desfrutada pelo verdadeiramente santificado: "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:1. Ele exorta os gálatas: "Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne." Gálatas 5:16, 17. Menciona algumas formas de concupiscências carnais -- a idolatria, bebedices e coisas semelhantes. Depois de mencionar os frutos do Espírito, entre os quais está a temperança, acrescenta: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências." Verso 24. CSa 69 3 Hoje há entre os professos cristãos muitos que haveriam de julgar que Daniel era por demais esquisito, e o pronunciariam como mesquinho e fanático. Eles consideram a questão do comer e beber como de muito pequena importância para exigir tão decidida resistência -- tal que poderia envolver o provável sacrifício de todas as vantagens terrenas. Mas aqueles que assim raciocinam, notarão no dia do juízo que se desviaram das expressas exigências de Deus e se apoiaram em sua própria opinião como norma para o certo e para o errado. Descobrirão que aquilo que lhes parecera sem importância não fora assim considerado por Deus. Suas exigências deveriam ter sido sagradamente obedecidas. Aqueles que aceitam e obedecem a um de Seus preceitos porque lhes convém, ao passo que rejeitam a outro porque sua observância haveria de requerer sacrifício, rebaixam a norma do direito e, por seu exemplo, levam outros a considerarem levianamente a lei de Deus. "Assim diz o Senhor", deve ser nossa regra em todas as coisas. Abstinência de alimentos cárneos CSa 70 1 Há de o povo que se está preparando para tornar-se santo, puro e enobrecido, a fim de poder ser introduzido na sociedade dos anjos celestes, continuar a tirar a vida das criaturas de Deus e viver de sua carne, deliciando-se com ela como uma iguaria? Do que o Senhor me tem mostrado, esta ordem de coisas se há de mudar, e o povo peculiar de Deus exercerá temperança em tudo. ... CSa 70 2 A possibilidade de adquirir moléstias é dez vezes aumentada pelo uso da carne. As faculdades intelectuais, morais e físicas são prejudicadas pelo uso habitual de alimentos cárneos. Esse uso desarranja o organismo, obscurece o intelecto e embota as sensibilidades morais. ... O caminho mais seguro para vós, é deixar de lado a carne. -- Testemunhos Selectos 1:195, 196. Fugi da glutonaria CSa 71 1 Alguns não exercem controle sobre o apetite, mas transigem com o paladar a expensas da saúde. Como resultado, o cérebro é obscurecido, seus pensamentos tornam-se vagarosos e não conseguem executar o que poderiam se fossem abnegados e abstêmios. Esses roubam a Deus a energia física e mental que poderia ser dedicada ao Seu serviço, caso a temperança fosse observada em tudo. ... CSa 71 2 A Palavra de Deus coloca o pecado da glutonaria na mesma lista em que está a embriaguez. Tão ofensivo era este pecado aos olhos de Deus que Ele deu instruções a Moisés no sentido de que o filho que não se dominasse quanto ao apetite, mas se empanturrasse com qualquer coisa que seu paladar pedisse, deveria ser trazido por seus pais à presença dos juízes de Israel a ser apedrejado até morrer. A condição do glutão era considerada desesperadora. Era inútil aos outros e uma maldição para si mesmo. Não se podia confiar nele em coisa alguma. Sua influência estaria sempre contaminando outros, e o mundo seria melhor sem tais pessoas, pois seus terríveis defeitos seriam perpetuados. CSa 71 3 Ninguém que tenha senso de sua responsabilidade para com Deus permitirá que as tendências naturais controlem a razão. Os que isto fazem não são cristãos, quem quer que sejam eles e por mais exaltada que seja a sua profissão. A recomendação de Cristo é: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:48. Mostra-nos Ele aqui que podemos ser tão perfeitos em nossa esfera de ação como Deus o é na Sua. -- Testimonies for the Church 4:454, 455 (1880). Lições da experiência de João Batista CSa 72 1 Durante anos tem o Senhor estado a chamar a atenção de Seu povo para a reforma da saúde. Este é um dos grandes ramos da obra da preparação para a vinda do Filho do homem. CSa 72 2 João Batista surgiu no espírito e poder de Elias para preparar o caminho do Senhor e converter as pessoas à prudência dos justos. Era ele um representante daqueles que estariam vivendo nos últimos dias, aos quais Deus confiara sagradas verdades para serem apresentadas perante o povo, a fim de preparar o caminho para o segundo aparecimento de Cristo. João era um reformador. O anjo Gabriel, enviado do Céu, instruiu os pais de João sobre a reforma da saúde. Disse-lhes ele que o menino não deveria beber vinho, nem bebida forte, e que ele seria cheio do Espírito Santo desde o nascimento. CSa 72 3 João separou-se dos amigos e das ostentações da vida. A simplicidade de sua vestimenta, uma peça de vestuário tecida de pêlos de camelo, era uma reprovação direta à extravagância e pompa dos sacerdotes judaicos, e do povo em geral. Seu regime, puramente vegetariano, composto de gafanhotos e mel silvestre, era uma censura à condescendência com o apetite e a glutonaria que prevalecia por toda parte. CSa 72 4 Declara o profeta Malaquias: "Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais." Malaquias 4:5, 6. Aqui o profeta descreve o* caráter da obra. Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo, são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo. O grande assunto da reforma deve ser agitado, e despertada a mente do público. A temperança em tudo deve ser associada com a mensagem, para converter o povo de Deus de sua idolatria, de sua glutonaria e de sua extravagância no vestir-se e em outras coisas. A negação própria, a humildade e a temperança requeridas dos justos, aos quais Deus guia e abençoa de modo especial, devem ser apresentadas ao povo em contraste com os hábitos extravagantes e destruidores da saúde daqueles que vivem nesta era degenerada. CSa 73 1 Deus tem mostrado que a reforma da saúde está tão estreitamente ligada com a mensagem do terceiro anjo como a mão o está ao corpo. Em parte alguma poderá ser encontrada causa tão grande de degeneração física e moral como a negligência deste importante assunto. Os que transigem com o apetite e as paixões e fecham os olhos à luz por temor de verem as condescendências pecaminosas que estão relutando em abandonar, são culpados diante de Deus. Aqueles que repelem a luz em algum ponto, endurecem o coração para menosprezar a luz sobre outros assuntos. O que viola as obrigações morais no que tange ao comer e beber, prepara o caminho para violar os reclamos divinos com respeito a interesses eternos. CSa 73 2 Nosso corpo não é nossa propriedade. Deus exige que cuidemos da habitação que Ele nos confiou, a fim de que possamos apresentar-Lhe o nosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável. Nosso corpo pertence Àquele que o fez, e estamos no dever de tornar-nos inteligentes com relação aos melhores meios de preservá-lo da ruína. Se enfraquecermos o corpo pela condescendência própria, pela transigência com o apetite, e pelo vestir-nos de acordo com as modas destruidoras da saúde, a fim de estar em harmonia com o mundo, tornamo-nos inimigos de Deus. ... CSa 74 1 A Providência tem estado a guiar o povo de Deus para longe dos hábitos extravagantes do mundo, para longe dos apetites e paixões, a fim de que ocupem o seu lugar na plataforma da renúncia e da temperança em todas as coisas. O povo ao qual está Deus guiando será peculiar. Não se assemelhará ao mundo. Mas, se seguirem a orientação divina, executarão Seus desígnios e submeterão sua vontade à dEle. Cristo habitará no coração. O templo de Deus será santo. Vosso corpo, diz o apóstolo, é o templo do Espírito Santo. Deus não pede que Seus filhos se sacrifiquem com prejuízo das energias físicas. Pede-lhes que obedeçam à lei natural, que preservem a saúde física. O caminho da Natureza é a senda que Ele aponta, e esta é bastante larga para qualquer cristão. Com mão generosa, tem-nos Deus provido de ricas e variadas munificências para nossa manutenção e deleite. Contudo, para que possamos desfrutar do apetite natural, que preservará a saúde e prolongará a vida, restringe Ele o apetite. Diz Ele: Acautelai-vos; restringi, negai o apetite pervertido. Se desenvolvermos um apetite desvirtuado, violaremos as leis do nosso ser, e assumiremos a responsabilidade pelo abuso do nosso corpo e por trazermos doenças sobre nós mesmos. ... CSa 74 2 A abnegação é indispensável à religião genuína. Aqueles que não aprenderam a negar-se a si mesmos estão destituídos de piedade vital e prática. Nada mais podemos esperar senão que os reclamos da religião entrem em contato com as afeições naturais e os interesses mundanos. Há trabalho para todos na vinha do Senhor. Bondade e retidão na vida conjugal CSa 75 1 Os que se professam cristãos não devem entrar nas relações matrimoniais, enquanto o assunto não houver sido considerado com cuidado e oração, sob um elevado ponto de vista a ver se Deus pode ser glorificado por essa união. Cumpre-lhes ponderar então devidamente o resultado de todo privilégio das relações conjugais, fundamentando cada ação em santificado princípio. CSa 75 2 Antes de aumentar a família, devem pensar se Deus é glorificado ou desonrado com o trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante todo o tempo de sua vida de casados. Devem considerar com calma as providências a serem tomadas para os filhos. Não têm direito de os porem no mundo para servirem de carga a outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar quanto ao sustento da família, de maneira a não se tornarem pesados aos outros? Se o não têm, cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta do necessário cuidado, alimento e vestuário. CSa 75 3 Nesta época de pressa e corrupção, estas coisas não são consideradas. As concupiscentes paixões têm o domínio, não se submetendo ao controle, embora a fraqueza, a miséria e a morte sejam o resultado. As mulheres são forçadas a uma vida de privações, dores e sofrimentos, devido às indomáveis paixões de homens que usam o nome de -- marido -- devendo mais apropriadamente serem chamados -- animais. As mães arrastam miserável existência, carregando quase o tempo todo um filho nos braços, manejando todos os meios para lhes pôr na boca um pedaço de pão e um trapo sobre os ombros. Tal é a acumulada miséria que enche o mundo.* Paixão não é amor CSa 76 1 Amor real, genuíno, devotado e puro, bem pouco existe. É muito raro esse precioso artigo. A paixão é denominada amor. Muita mulher tem sido ultrajada em suas tenras, delicadas sensibilidades, porque as relações conjugais permitiam àquele a quem chamavam marido ser brutal em seu tratamento para com ela. Seu amor, verificou ela ser tão baixo, que lhe causou aversão. CSa 76 2 Muitas, muitas famílias estão a viver no mais infeliz estado, por permitir o marido e pai que o instinto animal de sua natureza predomine sobre o intelecto e a moral. O resultado é a sensação freqüente de langor e depressão; mas a causa raramente é atribuída à conseqüência de seu impróprio modo de proceder. Achamo-nos sob solene obrigação diante de Deus quanto a guardar puro o espírito e o corpo saudável, a fim de podermos ser um benefício à humanidade, rendendo a Deus um serviço perfeito. Profere o apóstolo estas palavras de advertência: "Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências." Romanos 6:12. Exorta-nos ele mais adiante ao dizer-nos que "todo aquele que luta de tudo se abstém". 1 Coríntios 9:25. Admoesta a todos que se chamam cristãos a apresentarem seu corpo "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. Diz ele: "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:27. Cuidado da esposa CSa 76 3 É erro generalizado não fazer diferença na vida de uma mulher antes do nascimento de seus filhos. Neste importante período o trabalho da mãe deve ser aliviado. Grandes mudanças se estão efetuando em seu organismo. Este requer maior quantidade de sangue, e portanto mais alimento da qualidade mais nutriente, para se transformar em sangue. A menos que tenha suprimento abundante de alimento nutriente, não poderá reter sua força física, e sua prole é privada de vitalidade. Sua roupa também precisa de atenção. Deve ter cuidado em proteger o corpo da sensação de frio. Não deve desnecessariamente chamar a vitalidade para a superfície, a fim de suprir a falta de suficiente roupa. Se a mãe se priva de abundância de alimento saudável e nutritivo, sofrerá falta de sangue, na qualidade e na quantidade. Sua circulação será deficiente e ao filho faltarão os mesmos elementos. Os filhos serão incapazes de assimilar alimento que se possa converter em bom sangue, para nutrir o organismo. O bem-estar da mãe e do filho depende muito de roupa boa e quente, assim como de bastante alimento nutritivo. O saque extra sobre a vitalidade da mãe deve ser considerado e atendido. Importante o controle do apetite CSa 77 1 Mas, por outro lado, a idéia de que a mulher, por causa de seu estado especial, possa deixar o apetite de rédeas soltas, é um erro baseado no costume, mas não no são raciocínio. O apetite da mulher nesse estado pode ser instável, caprichoso, e difícil de ser satisfeito; e os costumes permitem-lhe qualquer coisa que ela imagine, sem consultar a razão quanto a poder tal alimento suprir-lhe nutrição ao corpo ao crescimento de seu filho. O alimento deve ser nutriente, mas não de qualidade excitante. Diz o costume que se ela deseja alimentos cárneos, picles, pratos condimentados ou pastéis de carne, que os coma; o apetite, tão-somente, é que deve ser consultado. É este um grande erro, e causa muito dano. Este dano não pode ser calculado. Se há ocasião em que seja necessária a simplicidade no regime alimentar, e cuidado especial quanto à qualidade do alimento tomado, é isso durante esse período importante. CSa 78 1 As mulheres dirigidas por princípio, e bem instruídas, não se desviarão da simplicidade do regime alimentar, nesse tempo sobretudo. Considerarão que há outra vida que delas depende, e serão cuidadosas em todos os seus hábitos, e especialmente no regime alimentar. Não devem comer o que não nutra e seja excitante, simplesmente por ter bom gosto. Há demasiados conselheiros, prontos a persuadi-las a fazerem coisas que a razão lhes diz que não devem fazer. CSa 78 2 Nascem crianças doentias por causa da satisfação do apetite por parte dos pais. O organismo não requeria a variedade de alimentos nos quais demoravam o pensamento. Pensar que, por estarem no pensamento devam também estar no estômago, é um grande erro que as mulheres cristãs devem rejeitar. Não deve ser permitido à imaginação controlar as necessidades do organismo. Os que permitem que o paladar os domine, sofrerão a pena da transgressão das leis de seu ser. E a questão não termina aí; sofrerá também sua inocente prole. ... É indispensável ambiente agradável CSa 78 3 Deve exercer-se grande cuidado para tornar alegre e feliz o ambiente que circunda a mãe. O esposo e pai está sob a especial responsabilidade de fazer tudo que estiver em seu poder para aliviar a carga da esposa e mãe. Deve levar, tanto quanto possível, o fardo que representa a sua condição. Deve ser afável, cortês, bondoso, terno, e especialmente atencioso para com todos os seus desejos. Conselhos relacionados com a maternidade CSa 79 1 Toda mulher prestes a tornar-se mãe, seja qual for o seu ambiente, deve animar constantemente uma disposição feliz, alegre, contente, sabendo que por todos os seus esforços postos nesta direção será ela recompensada dez vezes mais no caráter tanto físico como moral do seu rebento. E isto não é tudo. Ela pode, pelo hábito, acostumar-se a pensamentos animosos, e assim encorajar um feliz estado de espírito e lançar alegre reflexo de sua própria felicidade de espírito na família e nos que com ela se associam. CSa 79 2 E em grande medida sua saúde física melhorará. Um poder será comunicado às forças vitais, e o sangue não circulará lentamente, como seria o caso se ela se entregasse ao desânimo e tristeza. Sua saúde mental e moral é revigorada pela leveza de seu espírito. O poder da vontade pode resistir a impressões da mente e provar-se-á grande tranqüilizador dos nervos. Os filhos que são privados desta vitalidade que deviam herdar dos pais devem receber o máximo cuidado. Por cerrada atenção às leis de seu ser, melhor condição destas coisas pode ser estabelecida. A alimentação da criança CSa 79 3 O período em que o infante recebe nutrimento da mãe é crítico. Muitas mães, enquanto amamentando o filho, têm-se entregue a excessivo trabalho, sofrendo aquecimento do sangue enquanto cozinham; e o lactente tem sido seriamente afetado, não somente com o alimento febril do seio materno, mas também o seu sangue fica envenenado pelo insalubre regime da mãe, que lhe elevou a temperatura de todo o organismo, afetando assim o alimento do infante. Este é também afetado* pelo estado de espírito da mãe. Se ela se sente infeliz, se se agita facilmente ou é irascível, dando expansão a arroubos de paixão, o nutrimento que o infante recebe de sua mãe fica inflamado, não raro produzindo cólicas, espasmos, causando por vezes convulsões e desmaios. CSa 80 1 Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do nutrimento que recebe da mãe. Quão importante então que a mãe, no período de amamentação, preserve um feliz estado mental, controlando perfeitamente seu espírito. Em assim fazendo, o alimento da criança não fica prejudicado; e o procedimento calmo e seguro da mãe no cuidado do filho tem muito que ver em modelar-lhe o caráter. Se a criança é nervosa e facilmente agitável, a conduta cuidadosa, tranqüila, da mãe terá uma influência suavizante e controladora, e a saúde do infante poderá ser muito melhorada. CSa 80 2 As crianças têm sido grandemente prejudicadas por tratamento impróprio. Se impertinentes, são geralmente alimentadas para calar-se, quando na maioria dos casos, a verdadeira razão é o haverem recebido demasiado alimento, havendo ficado prejudicadas pelos hábitos errôneos da mãe. Mais alimento apenas piora a situação, pois seu estômago já está abarrotado. ... CSa 80 3 A mãe muitas vezes faz planos para umas tantas tarefas durante o dia; e quando as crianças a incomodam, em vez de tomar tempo para amenizar-lhes suas pequenas mágoas, e distraí-las, dá-lhes às vezes de comer para que se aquietem, o que responde ao propósito por algum tempo, mas torna conseqüentemente a coisa pior. O estômago das crianças foi sobrecarregado com alimento, quando não tinha dele a mínima necessidade. Tudo o que se necessitava era um pouco do tempo e atenção da mãe. Recusai o vício de fumar CSa 81 1 O fumo, seja qual for a forma em que for usado, afeta a constituição. É um veneno lento. Afeta o cérebro e embota as sensibilidades, de maneira que a mente não pode discernir com clareza as coisas espirituais, em particular as verdades que teriam a tendência de corrigir essa satisfação sórdida. Os que usam o fumo em qualquer forma não se acham inocentes diante de Deus. Com tão sórdido costume é impossível glorificarem a Deus no corpo e no espírito que Lhe pertencem. E enquanto estiverem usando venenos tão lentos mas seguros, que lhes vão minando a saúde e rebaixando as faculdades mentais, o Senhor não os pode aprovar. Ele pode ser misericordioso para com eles enquanto condescendem com esse pernicioso hábito na ignorância do dano que lhe está causando, mas quando o assunto lhes é exposto em seu verdadeiro aspecto, então, acham-se culpados para com Deus caso continuem a condescender com essa grosseira satisfação. CSa 81 2 Deus requeria que os filhos de Israel observassem hábitos de completa higiene. Em qualquer caso de impureza, por mínima que fosse, deviam eles permanecer fora do acampamento até a tarde, depois lavar-se e entrar no acampamento. Não havia um consumidor de fumo naquele vasto exército. Caso houvesse, ter-se-lhe-ia exigido escolher entre permanecer fora do acampamento ou abandonar o uso da erva imunda. E, após purificar a boca do mínimo dos seus repugnantes vestígios, ter-se-lhe-ia permitido misturar-se com a congregação de Israel. O uso do fumo uma ofensa a Deus CSa 81 3 Os sacerdotes, que ministravam nas coisas sagradas, eram mandados lavar os pés e as mãos antes de entrarem no tabernáculo, na presença de Deus, para interceder por Israel, a fim* de que não profanassem o santuário. Houvessem os sacerdotes entrado no santuário com a boca suja de fumo, teriam eles participado da sorte de Nadabe e Abiú. Entretanto, mesmo professos cristãos se curvam na presença de Deus, em seus lares, para orarem, tendo a boca profanada pela imundícia do fumo. ... Requerida limpeza rigorosa CSa 82 1 Os homens que foram separados pela imposição das mãos, para ministrarem nas coisas sagradas, vão, muitas vezes, ao púlpito com a boca poluída, os lábios manchados e o hálito contaminado pelo vício de fumar. Falam eles ao povo em lugar de Cristo. Como pode tal serviço ser aceitável a um Deus santo, que requeria que os sacerdotes de Israel fizessem preparativos tão especiais antes de chegarem à Sua presença, para que Sua santidade os não consumisse por desonrarem-nO, como no caso de Nadabe e Abiú? Podem eles estar certos de que o poderoso Deus de Israel ainda é um Deus de limpeza. Professam estar servindo a Deus, enquanto estão praticando a idolatria, ao fazerem do seu apetite um deus. O fumo é seu acariciado ídolo. A ele deve submeter-se toda sublime e sagrada consideração. Professam estar adorando a Deus, ao passo que estão violando o primeiro mandamento. Têm eles outros deuses diante do Senhor. "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Isaías 52:11. CSa 82 2 Exige Deus pureza de coração e higiene pessoal agora, assim como o fazia ao dar instruções especiais aos filhos de Israel. Se Deus foi tão minucioso ao prescrever limpeza para aqueles que jornadeavam pelo deserto, que se achavam ao ar livre quase todo o tempo, não requer Ele menos de nós, que vivemos em casas forradas, onde as impurezas são mais observadas e têm influência mais insalubre. O uso do fumo contrário à piedade CSa 83 1 Ao ver homens que pretendiam desfrutar as bênçãos de inteira satisfação embora fossem escravos do vício de fumar, a cuspir e emporcalhar tudo o que lhes ficava ao redor, tenho pensado: Como seria o Céu, houvesse nele consumidores de fumo? Os lábios que estivessem tomando o precioso nome de Cristo estariam maculados pela saliva de fumo; o hálito estaria poluído pelo mau odor, e mesmo a roupa estaria contaminada; a alma que tivesse prazer nessa imundícia e apreciasse essa atmosfera venenosa deveria estar também conspurcada. O sinal pendurado do lado de fora, dizia o que havia dentro. CSa 83 2 Homens que professam piedade oferecem seu corpo sobre o altar de Satanás, e queimam o incenso do fumo a sua majestade satânica. Afigura-se severa essa declaração? A oferta deve ser apresentada a alguma divindade. Como Deus é puro e santo, e não aceitará coisa alguma maculada em si mesma, recusa Ele este dispendioso, sórdido e profano sacrifício; por conseguinte, concluímos que Satanás é quem reclama a honra. O homem propriedade de Cristo CSa 83 3 Cristo morreu para resgatar o homem das garras de Satanás. Ele veio tornar-nos livres por meio do sangue de Seu sacrifício expiatório. O homem que se tornou propriedade de Jesus Cristo, e cujo corpo é templo do Espírito Santo, não se deixará escravizar pelo pernicioso hábito de fumar. Suas energias pertencem a Cristo, que as comprou com o preço de sangue. Sua propriedade pertence ao Senhor. Como, pois, pode ele ficar impune ao gastar cada dia o capital que o Senhor lhe confiou para satisfazer um apetite que não tem base na Natureza?* Um lamentável mau emprego dos recursos CSa 84 1 Uma enorme soma é esbanjada anualmente por essa condescendência, enquanto almas estão a perecer por falta da palavra da vida. Como podem cristãos, que estão esclarecidos sobre esse assunto, prosseguir em roubar a Deus nos dízimos e ofertas utilizados para manter o evangelho, enquanto oferecem sobre o altar da concupiscência destruidora, no uso do fumo, mais do que dão para auxiliar os pobres ou para suprir as necessidades da causa de Deus? Estivessem eles verdadeiramente santificados, todo desejo prejudicial seria dominado. Então todos esses condutos de gastos desnecessários se voltariam para o tesouro do Senhor, e os cristãos tomariam a dianteira em abnegação, sacrifício próprio e temperança. Então eles seriam a luz do mundo. ... As sensibilidades naturais são amortecidas CSa 84 2 Para o fumante tudo é insípido e sem graça sem o estimado vício. O uso do fumo amorteceu as sensibilidades naturais do corpo e da mente e ele já não é susceptível à influência do Espírito de Deus. Na ausência do estimulante habitual, tem ele um anseio e desejo ardente tanto do corpo como da alma, não por justiça, nem por santidade, nem da presença de Deus, mas por seu acariciado ídolo. Ao condescenderem com desejos prejudiciais, professos cristãos estão exaurindo diariamente suas energias, impossibilitando-as de glorificar a Deus. Veneno ardiloso CSa 84 3 O fumo é um dos mais ardilosos e malignos tipos de veneno, o qual exerce uma excitadora e, em seguida, paralisadora influência sobre os nervos do corpo. É tanto mais perigoso, pois seus efeitos sobre o organismo são muito lentos, e a princípio vagamente perceptíveis. Multidões têm-se tornado vítimas de sua maligna influência. -- Spiritual Gifts 4:128 (1864). Abstinência de narcóticos CSa 85 1 Nosso povo está sempre a retroceder quanto à reforma de saúde. Satanás vê que não poderia exercer poder mais controlador sobre eles do que lhe seria possível se condescendessem com o apetite. Sob a influência de alimentos impróprios para a saúde, a consciência torna-se entorpecida, a mente obscura e sua sensibilidade às impressões se embota. Mas embora a consciência violentada esteja entorpecida e se torne insensível, nem por isso a culpa do transgressor é diminuída. CSa 85 2 Satanás está corrompendo as mentes e destruindo as almas por meio de suas sutis tentações. Não verá nem sentirá nosso povo o pecado de condescender com o apetite pervertido? Não abandonará o chá, café, alimentos cárneos e toda alimentação estimulante, devotando os meios expendidos com esses hábitos nocivos à expansão da verdade? Esses estimulantes só trazem prejuízo, e contudo vemos que um grande número dos que professam ser cristãos estão usando fumo. Esses mesmos homens deplorarão o mal da intemperança, e ao mesmo tempo que falam contra o uso de bebidas alcoólicas, estão cuspindo suco de fumo. Visto que o estado saudável da mente depende da condição normal das forças vitais, que cuidado precisa ser exercido para não se usarem narcóticos nem estimulantes! CSa 85 3 O fumo é um veneno lento, insidioso, e seus efeitos são mais difíceis de desaparecer do organismo do que os do álcool. Que resistência tem o adepto do fumo para deter o progresso da intemperança? Deve haver em nosso mundo uma revolução acerca do fumo, antes que o machado seja posto à raiz da árvore. Tornamos o assunto mais íntimo: O chá e o café estão fomentando a sede que se desenvolve quanto a estimulantes mais fortes, como o fumo e as bebidas alcoólicas. E chegamos* ainda mais perto de nosso lar, às refeições diárias, às mesas postas em lares cristãos: É porventura a temperança praticada em tudo? São as reformas essenciais à saúde e à felicidade aí postas em prática? CSa 86 1 Todo verdadeiro cristão regerá o apetite e as paixões. A menos que esteja livre da servidão do apetite, não pode ser um genuíno e obediente servo de Cristo. É a condescendência com o apetite e as paixões que torna a verdade sem efeito para o coração. Impossível é ao espírito e ao poder da verdade santificarem o homem -- alma, corpo e espírito -- quando ele é dominado pelo apetite e a paixão. Abnegação e oração CSa 86 2 Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada. Confiava-Se a Deus, e mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de Seu Pai, saía vencedor. Os que professam a verdade para estes últimos dias, acima de todas as outras classes de professos cristãos, devem imitar o grande Modelo na oração. ... CSa 86 3 Jesus buscava diligentemente força de Seu Pai. Isto, o divino Filho de Deus considerava de maior valor, mesmo para Si, do que sentar-Se à mesa mais rica e variada. Ele nos deu provas de que a oração é essencial a fim de receber forças para lutar contra os poderes das trevas, e realizar a obra que nos foi designada. Nossa própria força é fraqueza, mas a que Deus dá é poder, e fará a todo o que a receba mais que vencedor. -- Testemunhos Selectos 1:221, 222. Efeitos prejudiciais do chá e café CSa 87 1 O uso de chá e café também é prejudicial ao organismo. O chá, até certo ponto, produz intoxicação. Entra na circulação, e desequilibra gradualmente a energia do corpo e da mente. Estimula, excita e aviva o movimento da máquina viva, forçando-a a uma ação fora do natural, dando assim ao que ingere a impressão de que lhe está prestando grande serviço, comunicando-lhe força. É engano. O chá saca das energias nervosas deixando-as grandemente debilitadas. Ao desaparecer sua influência e o aumento de ação ocasionado por ele diminuir, qual é o resultado então? Languidez e fraqueza proporcionais à vivacidade artificial comunicada pelo chá. CSa 87 2 Quando o organismo já se encontra sobrecarregado e precisando de repouso, o uso de chá fustiga a natureza pelo estímulo para realizar uma ação indesejada e não natural, diminuindo-lhe por esse modo a capacidade de trabalho e de resistência; e suas faculdades se esgotam muito antes do tempo designado pelo Céu. O chá é venenoso para o organismo. Os cristãos devem deixá-lo em paz. CSa 87 3 A influência do café é, até certo ponto, a mesma do chá, mas o efeito sobre o organismo é ainda pior. Sua influência é excitante, e justo na medida em que ele eleva acima do normal, exaure e ocasiona depressão abaixo do normal também. Os bebedores de chá e de café, apresentam no rosto os seus vestígios. A pele torna-se pálida, tomando um aspecto sem vida. Não se lhes vê no semblante o brilho da saúde. O chá e o café não alimentam CSa 87 4 O chá e o café não nutrem o organismo. O alívio deles é* súbito, antes de o estômago ter tempo de os digerir. Isto indica que aquilo que adeptos desses estimulantes chamam energia, é recebido unicamente mediante excitação dos nervos estomacais, que transmitem a irritação ao cérebro, o qual é por sua vez despertado para comunicar acrescida atividade ao coração, e passageira energia a todo o organismo. Tudo isto é falso vigor, que nos deixa pior. Eles não comunicam uma partícula de energia natural. Outro efeito de tomar chá é dor de cabeça, insônia, palpitação do coração, indigestão, tremor dos nervos e muitos outros males. A condescendência consigo mesmo desagrada a Deus CSa 88 1 "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1. Deus pede um sacrifício vivo, não um sacrifício morto ou agonizante. Quando compreendermos os reclamos divinos veremos que Ele pede que sejamos temperantes em tudo. O objetivo de nossa criação é glorificar a Deus em nosso corpo e espírito os quais Lhe pertencem. Como podemos fazer isso, quando condescendemos com o apetite em prejuízo das energias físicas e morais? Deus requer que apresentemos nosso corpo em sacrifício vivo. Assim sendo, o dever que se nos é imposto é conservar este corpo na melhor condição de saúde, para que possamos cumprir os Seus desígnios. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31.* Evitai o uso de drogas venenosas CSa 89 1 Um costume que está deitando bases a vasta soma de moléstias e males mais sérios ainda, é o livre uso de drogas venenosas. Quando atacados pela enfermidade, muitos não se darão ao trabalho de investigar a causa do mal. Sua principal ansiedade é verem-se livres da dor e dos desconfortos. Recorrem portanto a panacéias, cujas reais propriedades eles mal conhecem, ou recorrem a um médico para neutralizar os efeitos de seu mau proceder, mas sem nenhuma idéia de mudar seus nocivos hábitos. Caso não sintam benefícios imediatos, experimentam outro remédio, e depois outro. Assim continua o mal. As drogas não curam as moléstias CSa 89 2 O povo precisa que se lhes ensine que as drogas não curam as moléstias. É verdade que elas por vezes proporcionam temporário alívio, e o paciente parece restabelecer-se em resultado de havê-las usado; isto se dá porque a natureza possui bastante força vital para expelir o veneno, e corrigir as condições ocasionadoras do mal. A saúde é recuperada a despeito da droga. Mas na maioria dos casos ela apenas muda a forma e o local da moléstia. Muitas vezes o efeito do veneno parece ser vencido por algum tempo, mas os resultados permanecem no organismo, operando grande dano posteriormente. CSa 89 3 Com o uso de drogas venenosas, muitos trazem sobre si doença para toda a vida, e perdem-se muitos que poderiam ser salvos com o emprego de métodos naturais. Os venenos contidos em muitos dos chamados remédios, formam hábitos e apetites que importam em ruína tanto para o corpo como para a alma. Muitos dos populares remédios patenteados, e mesmo* algumas drogas receitadas por médicos, desempenham seu papel em deitar bases para o hábito da bebida, do ópio, da morfina, os quais são uma tão terrível maldição para a sociedade. O poder restaurador da natureza CSa 90 1 A única esperança de coisas melhores está na educação do povo nos verdadeiros princípios. Ensinem os médicos ao povo que o poder restaurador não se encontra em drogas, porém na Natureza. A doença é um esforço da Natureza para libertar o organismo de condições resultantes da violação das leis da saúde. Em caso de doença, convém verificar a causa. As condições insalubres devem ser mudadas, os maus hábitos corrigidos. Então se auxilia a Natureza em seu esforço para expelir as impurezas e restabelecer as condições normais no organismo. Remédios naturais CSa 90 2 Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino -- eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de os aplicar. É essencial, tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente este conhecimento. CSa 90 3 O uso dos remédios naturais requer certo cuidado e esforço que muitos não estão dispostos a exercer. O processo da Natureza para curar e construir, é gradual, e isso parece vagaroso ao impaciente. Demanda sacrifício e abandono das nocivas condescendências. Mas no fim se verificará que a Natureza, não sendo estorvada, faz seu trabalho sabiamente e bem. Aqueles que perseveram na obediência a suas leis, ceifarão galardão em saúde de corpo e de alma. -- A Ciência do Bom Viver, 127. Roupas saudáveis CSa 91 1 A todos os respeitos as roupas devem ser saudáveis. Acima de tudo Deus quer que tenhamos saúde -- saúde de corpo e de alma. E devemos ser coobreiros Seus tanto para a saúde de um como da outra. Ambas são promovidas pelo vestuário saudável. ... CSa 91 2 Foi o adversário de todo o bem, que instigou a invenção das sempre mutáveis modas. Coisa alguma deseja ele tanto como ocasionar a Deus pesar e desonra mediante a miséria e a ruína dos seres humanos. Um dos meios por que ele consegue mais eficazmente, são as invenções da moda, que enfraquecem o corpo da mesma maneira que debilitam a mente e amesquinham a alma. CSa 91 3 As mulheres são sujeitas a sérias enfermidades, e seus sofrimentos são grandemente aumentados por sua maneira de vestir. Em lugar de conservar a saúde para as emergências que certamente hão de vir, elas, por seus hábitos errôneos, sacrificam, muitas vezes, não somente a saúde, mas a vida, deixando a seus filhos um legado de sofrimento numa constituição arruinada, em hábitos pervertidos e numa falsa idéia da vida. CSa 91 4 Uma das invenções extravagantes e nocivas da moda, são as saias que varrem o chão. Desasseadas, desconfortáveis, inconvenientes, anti-higiênicas -- tudo isto e mais ainda se verifica quanto às saias que arrastam. É extravagante, tanto pelo desperdício de material exigido como pelo desnecessário gasto, devido ao comprimento. E quem quer que tenha visto uma senhora com uma saia de cauda, mãos cheias de embrulhos, tentando subir ou descer uma escada, entrar num bonde, atravessar uma multidão, andar na chuva ou num enlameado caminho, não necessita outras provas de sua inconveniência e incômodo. CSa 91 5 Outro sério dano é o usar saias de modo que seu peso* recaia sobre os quadris. Este excesso de peso, fazendo-se sentir sobre os órgãos internos, puxa-os para baixo, causando fraqueza do estômago, e uma sensação de lassitude, fazendo com que a pessoa que a traz se incline, o que mais ainda comprime os pulmões, tornando mais difícil a respiração correta. CSa 92 1 Nos últimos anos se tem discutido tanto os perigos resultantes da compressão da cintura, que poucas pessoas os podem ignorar; todavia, tão grande é o poder da moda, que o mal continua. Por esta prática estão as senhoras e moças trazendo sobre si indizível dano. É essencial à saúde que o peito tenha margem para expandir-se à sua máxima plenitude, a fim de os pulmões poderem inspirar amplamente. Quando os pulmões são restringidos, é diminuída a quantidade de oxigênio que recebem. O sangue não é devidamente vivificado, e são retidos os resíduos, matéria venenosa que devia ser expelida pelos pulmões. Além disto, a circulação é estorvada; e os órgãos internos são por tal forma apertados e impelidos para fora do lugar, que não podem realizar devidamente o seu trabalho. CSa 92 2 Espartilhos apertados não melhoram a forma do corpo. Um dos principais elementos da beleza física, é a simetria, a harmônica proporção de suas várias partes. E o modelo correto quanto ao desenvolvimento físico se pode encontrar, não nos modelos exibidos pelos modistas franceses, mas no corpo humano desenvolvido segundo as leis de Deus na Natureza. Ele é o autor de toda a beleza, e unicamente ao nos conformarmos com Seus ideais, havemos de aproximar-nos da verdadeira norma de beleza. CSa 92 3 Outro mal fomentado pelo uso, é a desigual distribuição do vestuário, de modo que, enquanto algumas partes do corpo estão mais agasalhadas do que precisam, outras se acham insuficientemente vestidas. Os pés e os membros, estando afastados dos órgãos vitais, devem ser especialmente protegidos do frio por suficiente roupa. É impossível gozar saúde quando as extremidades estão habitualmente frias; pois se há muito pouco sangue nelas, terá de haver em excesso noutras partes do corpo. Saúde perfeita requer perfeita circulação; isto, porém, não se pode ter, quando três ou quatro vezes mais agasalho é usado sobre o corpo, onde se encontram os órgãos vitais, do que nos membros. CSa 93 1 Multidões de mulheres são nervosas e gastas de preocupações, porque se privam do puro ar que lhes proporcionaria um sangue puro, e da liberdade de movimentos que impeliria o mesmo através das veias, dando-lhes vida, saúde e energia. Muitas mulheres se têm tornado inválidas confirmadas, quando poderiam haver fruído boa saúde, e muitas têm morrido de tuberculose e outras moléstias, quando lhes teria sido possível viver o determinado termo da vida, houvessem elas se vestido de acordo com os princípios da saúde, fazendo abundante exercício ao ar livre. CSa 93 2 A fim de prover-se do mais saudável vestuário, é preciso estudar cuidadosamente as necessidades de cada parte do corpo. O clima, o ambiente, as condições da saúde, a idade e as ocupações, tudo deve ser considerado. Cada peça de vestuário deve ser facilmente ajustada, não obstruindo nem a circulação do sangue, nem a livre, plena e natural respiração. Cada peça deve ser tão ampla que, ao erguer os braços, a roupa se erga correspondentemente. CSa 93 3 As senhoras de saúde precária podem fazer muito em benefício próprio, vestindo-se e exercitando-se judiciosamente. Quando vestidas de maneira adequada a desfrutar o ar livre, façam elas aí exercício, a princípio com cautela, mas em progressiva quantidade, à medida que o puderem suportar. Assim fazendo, muitas poderiam recuperar a saúde, e viver de modo a desempenhar a sua parte na tarefa do mundo. O poder da vontade CSa 94 1 O poder da vontade, não é estimado como devia ser. Permaneça a vontade desperta e devidamente dirigida, e ela comunicará energia a todo o ser, sendo maravilhoso auxiliar na manutenção da saúde. Também é uma potência no tratar a doença. Exercida na devida direção, dominaria a imaginação, e seria poderoso meio de resistir e vencer tanto a moléstia da mente como a do corpo. Pelo exercício da força de vontade no se colocar na justa relação para com a existência, o enfermo muito pode fazer para cooperar com os esforços médicos em favor de seu restabelecimento. Há milhares que, se quiserem, poderão recuperar a saúde. O Senhor não quer que estejam doentes. Deseja que sejam sadios e felizes, e devem dirigir a mente no sentido de ficar bons. Muitas vezes os inválidos podem resistir à doença, simplesmente recusando entregar-se às moléstias e deixar-se ficar num estado de inatividade. Erguendo-se acima de suas dores e incômodos, empenhem-se em útil ocupação, adequada a suas forças. Por tal ocupação e o livre uso do ar e da luz do Sol, muito inválido enfraquecido haveria de recuperar a saúde e as forças. -- A Ciência do Bom Viver, 246. Ocupação adequada CSa 94 2 A inatividade é a maior desgraça que poderia sobrevir à maioria desses enfermos. Ocupação leve em trabalho útil ao passo que não sobrecarrega a mente e o corpo, tem uma benéfica influência sobre ambos. Fortalece os músculos, promove melhor circulação, ao mesmo tempo que dá ao inválido a satisfação de saber que não é inteiramente inútil neste atarefado mundo. Talvez não seja capaz de fazer senão pouco a princípio, mas em breve verificará que suas forças aumentam, e pode proporcionalmente aumentar a quantidade de trabalho. -- A Ciência do Bom Viver, 239, 240. Controlai a imaginação CSa 95 1 Ao criar o homem, pretendia o Senhor que ele fosse ativo e útil. Contudo, muitos vivem neste mundo como máquinas sem uso, como se mal existissem. Não iluminam eles o caminho de ninguém; não são uma bênção para ninguém. Vivem apenas para serem pesados aos outros. Até onde sua influência ao lado do direito se acha envolvida, são eles meras cifras; entretanto, falam com peso sobre o lado negativo. Examine-se-lhes a vida bem de perto, e dificilmente se pode encontrar um ato de benevolência desinteressada. Quando morrem, sua memória desaparece com eles. Seu nome logo perece; pois não podem viver, nem mesmo na lembrança de seus amigos, por meio da verdadeira bondade e de atos virtuosos. Para tais pessoas a vida foi uma farsa. Elas não foram fiéis despenseiras. Esqueceram-se de que seu Criador possui reivindicações sobre elas, e de que espera que sejam ativas na prática do bem e em abençoar a outros por sua influência. Os interesses egoístas atraem a mente e conduzem ao esquecimento de Deus e do propósito de seu Criador. CSa 95 2 Todos os que professam ser seguidores de Jesus sentirão que pesa sobre eles o dever de manter o corpo no melhor estado de saúde, para que a mente possa ser clara na compreensão das coisas celestiais. A mente precisa ser controlada; pois exerce ela uma poderosíssima influência sobre a saúde. A imaginação muitas vezes se extravia e, quando com ela se condescende, traz graves tipos de moléstias sobre o aflito. Muitos morrem de enfermidades que são em sua maioria imaginária. ... CSa 95 3 Alguns têm tanto receio do ar, que cobrem a cabeça e o corpo de tal maneira que se parecem múmias. Sentam-se dentro de casa, geralmente inativos, temendo fatigar-se e contrair* doença, se fizerem exercício dentro de casa, ou ao ar livre. Eles poderiam fazer exercícios habituais ao ar livre em todos os dias favoráveis, se tão-somente quisessem. A inatividade contínua é uma das maiores causas de debilidade do corpo e fraqueza da mente. Muitos que estão doentes poderiam estar com boa saúde, e dessa forma na posse de uma das mais ricas bênçãos que poderiam desfrutar. CSa 96 1 Foi-me mostrado que muitos que se acham visivelmente fracos, e sempre a lamentar-se, não estão tão mal como se imaginam estar. Alguns desses possuem uma poderosa vontade, a qual, uma vez exercitada na direção correta, será potente meio de controlar a imaginação e resistir dessa forma as moléstias. Mas são muito freqüentes os casos em que a vontade é exercitada em direção errada, e se recusa obstinadamente render-se à razão. Isso terá decidido o assunto; eles são inválidos, e devem receber a atenção dispensada aos inválidos sem levar em conta o juízo de outros. CSa 96 2 Foram-me mostradas mães que são governadas por uma imaginação doentia, a influência da qual é sentida pelo marido e filhos. As janelas devem ser conservadas fechadas, pois a mãe é sensível ao ar. Se está sentindo qualquer frio, e é efetuada alguma mudança em suas roupas, pensa ela que seus filhos devem ser tratados da mesma maneira, e assim toda a família se priva de vigor físico. Todos são afetados por u'a mente, e física e mentalmente prejudicados pela imaginação doentia de uma mulher que se considera padrão de julgamento para toda a família. O corpo é agasalhado de acordo com os caprichos de uma imaginação enferma, e abafado sob um amontoado de agasalhos que debilitam o organismo. A pele não pode realizar seu trabalho; o hábito premeditado de impedir o ar e evitar o exercício, fecha os poros, os pequenos orifícios através dos quais o corpo respira -- tornando-lhe impossível lançar fora as impurezas através desses condutos. A sobrecarga de trabalho é lançada sobre o fígado, os pulmões, os rins, etc., e esses órgãos internos são forçados a fazer o trabalho da pele. CSa 97 1 Dessa forma, as pessoas trazem doenças sobre si mesmas, por causa de seus maus hábitos; mesmo em face da luz e do conhecimento, preferem eles seguir os seus próprios caminhos. Raciocinam da seguinte forma: "Não temos experimentado o assunto? e não o entendemos por experiência?" Mas a experiência de uma pessoa, cuja imaginação é deficiente, não deve ter muito peso para ninguém. CSa 97 2 A estação do ano que mais deve ser temida por quem vai para o meio desses inválidos é o inverno. É, de fato, inverno, não somente do lado de fora, mas dentro, para aqueles que são forçados a viver na mesma casa e dormir no mesmo quarto. Essas vítimas de uma imaginação doentia fecham-se dentro de casa e fecham as janelas; pois o ar lhes ataca os pulmões e a cabeça. A imaginação é fértil; temem eles ficar resfriados, e resfriados ficarão. Nenhuma parcela de arrazoado é capaz de convencê-los de que não entendem toda a filosofia do assunto. Não o provaram eles? argüirão. É verdade que provaram um lado da questão -- persistindo em seus próprios caminhos -- e contudo apanham resfriado, caso se exponham o mínimo que seja. Frágeis como os bebês, não podem eles suportar coisa alguma; todavia continuam vivendo, e persistindo em fechar portas e janelas, e a aquecer-se junto a estufa, e se regozijam de sua miséria. Com certeza têm verificado que o seu caminho não lhes tem feito bem, e sim aumentado as suas dificuldades. Por que não permitir que a razão influencie o raciocínio e controle a imaginação? Por que não seguir agora um caminho oposto e, de maneira criteriosa, conseguir exercício e ar fora das portas? Moderação no trabalho CSa 98 1 A fim de ganharem um pouco de dinheiro, muitos organizam deliberadamente seus assuntos comerciais de tal maneira que estes trazem fatalmente uma grande parcela de trabalho árduo sobre aqueles que trabalham fora de casa, bem como sobre seus familiares no lar. Ossos, músculos e cérebro são sobrecarregados ao máximo: está perante eles uma grande quantidade de trabalho para ser feito, e o argumento é, que devem executar precisamente tudo quanto puderem, pois do contrário haverá prejuízo; alguma coisa será desperdiçada. Tudo deve ser poupado, sejam quais forem os resultados. CSa 98 2 Que têm os tais lucrado? Talvez tenham sido capazes de conservar o capital e aumentá-lo. Mas, por outro lado, que não perderam eles! Sua reserva de saúde, a qual é inestimável, tanto para o pobre quanto para o rico, foi invariavelmente diminuída. A mãe e as crianças fizeram constantes saques em sua reserva de saúde e energia, imaginando que tão extravagante gasto jamais esgotasse seu capital, até serem finalmente surpreendidos ao descobrirem que sua vitalidade se esgotou. Eles nada deixaram para sacar em caso de emergência. Os encantos e as alegrias da vida são amargurados pelos torturantes sofrimentos e as noites insones. Tanto o vigor físico como o mental desapareceram. O marido e pai que, no interesse do ganho, tornou imprudente o arranjo dos seus negócios, talvez com o pleno consentimento da esposa e mãe, pode, como resultado, perder a mãe e um ou mais dos filhos. A saúde e a vida foram sacrificadas pelo amor ao dinheiro. Ler 1 Timóteo 6:10. -- Testimonies for the Church 1:478 (1865). Temperança no trabalho CSa 99 1 Existe por todos os lados intemperança no comer e no beber, intemperança no trabalho, intemperança em quase todas as coisas. Aqueles que fazem grandes esforços para realizar determinada quantidade de trabalho em dado espaço de tempo, e continuam a trabalhar quando seu discernimento lhes diz que deveriam repousar, jamais lucrarão. Eles estão vivendo com capital emprestado. Estão gastando as forças vitais de que irão necessitar no futuro. E, quando a energia que eles têm tão imprudentemente usado é requerida, fracassam por falta dela. Foi-se a força física, as faculdades mentais falham. Percebem que se depararam com uma perda, mas não sabem qual. Seu tempo de necessidade surgiu, mas seus recursos físicos acham-se exauridos. Todos os que violam as leis da saúde deverão a qualquer tempo tornar-se sofredores em maior ou menor grau. Deus nos proveu da energia indispensável, a qual deve ser utilizada em diferentes períodos de nossa vida. Se negligentemente esgotarmos essas forças pela contínua sobrecarga, teremos sofrido perdas em algum tempo. Nossa utilidade será diminuída, quando não destruída a nossa própria vida. CSa 99 2 Como regra, o trabalho do dia não deve ser prolongado noite a dentro. Se todas as horas do dia forem bem aproveitadas, o trabalho que se estende pela noite é demasiado extra, e o organismo sobrecarregado sofrerá com o fardo a ele imposto. Foi-me mostrado que, os que isto fazem, perdem às vezes muito mais do que lucram, pois suas energias são esgotadas, e eles trabalham sob excitamento nervoso. Podem não observar qualquer dano imediato, mas com certeza estão solapando sua constituição.* CSa 100 1 Que os pais dediquem as primeiras horas da noite à sua família. Deixem eles o cuidado e a perplexidade com os labores do dia. O esposo e pai muito lucrará se tomar como norma não estragar a felicidade de sua família ao trazer suas preocupações comerciais para casa, a fim de com elas se afligir e inquietar. Ele poderá necessitar do conselho da esposa em assuntos difíceis, e obterem ambos auxílio em suas perplexidades ao buscarem juntos sabedoria divina; mas, ao conservar a atenção constantemente presa aos assuntos comerciais, prejudicará a saúde tanto da mente como do corpo. CSa 100 2 Sejam as noites passadas na maior felicidade possível. Seja o lar um lugar em que existam a alegria, a cortesia e o amor. Isto se tornará atrativo às crianças. Se os pais estão sempre a tomar emprestada a preocupação, se são irritáveis e críticos, as crianças participam do mesmo espírito de insatisfação e contenda, e o lar torna-se o lugar mais infeliz do mundo. As crianças encontram mais prazer entre os estranhos, em companhias imprudentes, ou nas ruas, do que no lar. Tudo isso pode ser evitado se a temperança em todas as coisas for praticada, e exercida a paciência. O domínio próprio da parte de todos os membros da família tornará o lar quase um paraíso. Tornai vossas salas o mais alegre possível. Fazei com que as crianças considerem o lar o lugar mais atrativo da Terra. Cercai-as de tal influência que elas não procurem companhias de rua, nem pensem nos antros do vício senão com horror. Se a vida do lar for aquela que deve ser, os hábitos aí formados serão uma forte defesa contra os assaltos da tentação ao deixar o jovem a proteção do lar para enfrentar o mundo. Ordem e limpeza CSa 101 1 A ordem é a primeira lei do Céu, e o Senhor deseja que Seu povo ofereça em seus lares uma imagem da ordem e harmonia que predomina nas cortes celestiais. A verdade nunca coloca seus delicados pés no caminho da imundície ou impureza. A verdade não torna os homens e mulheres rústicos nem grosseiros e descuidados. Eleva a todos os que a aceitam a um alto nível. Sob a influência de Cristo, a obra de constante refinamento prossegue. CSa 101 2 Instruções especiais foram dadas aos exércitos de Israel, para que todas as coisas que se encontravam em suas tendas e ao redor delas se achassem limpas e em ordem, a fim de que o anjo do Senhor, ao passar pelo seu acampamento, não visse suas imundícies. Seria Deus tão minucioso a ponto de mencionar essas coisas? Sim; pois está relatado o fato: para que ao ver as suas impurezas, não deixe Ele de sair com os seus exércitos para a batalha. CSa 101 3 Aquele que era tão específico quanto aos filhos de Israel cultivarem hábitos de higiene, não sancionará qualquer impureza nos lares de Seu povo hoje. Deus olha com desagrado para qualquer espécie de impureza. Como podemos convidá-Lo para os nossos lares, a menos que tudo esteja bem arranjado, limpo e asseado? Um indício externo de pureza interior CSa 101 4 Devem os crentes ser ensinados que, embora sejam pobres, não precisam ser desasseados nem descuidados em seu corpo e em suas casas. Deve ser dado auxílio nesse sentido aos que parecem não ter nenhuma idéia do significado e importância da higiene. Deve-se-lhes ensinar que, os que se acham no dever de representar o Deus alto e santo, precisam manter a alma pura e incontaminada, e que essa pureza deve estender-se ao seu vestuário, bem como a tudo o que existe em seu lar,* a fim de que os anjos ministradores possam ter evidência de que a verdade operou uma mudança na vida, purificando a alma e refinando o gosto. Aqueles que, após terem aceitado a verdade, não efetuam nenhuma mudança na palavra ou na conduta, no vestuário ou ambiente, estão vivendo para si mesmos, e não para Cristo. Não foram de novo gerados em Cristo Jesus em pureza e santidade. CSa 102 1 Alguns são muito descuidados com sua pessoa. Precisam eles ser guiados pelo Espírito Santo no preparo para um Céu puro e santo. Deus declarou que ao irem os filhos de Israel ao monte, para ouvirem a proclamação da lei, deviam ir com o corpo puro e as roupas limpas. Hoje Seu povo deve honrá-Lo por hábitos de escrupuloso asseio e pureza. CSa 102 2 Os cristãos serão julgados pelos frutos que apresentam. O verdadeiro filho de Deus deve ser asseado e limpo. Ao mesmo tempo em que devemos guardar-nos contra adornos e ostentação desnecessários, de modo algum devemos ser descuidados e indiferentes no que tange à aparência exterior. Tudo o que se relaciona com nossa pessoa e nossos lares deve ser limpo e atrativo. Deve-se ensinar aos jovens quanto à importância de apresentarem uma aparência que esteja acima da crítica, uma aparência que honre a Deus e a verdade. O exemplo da mãe CSa 102 3 O vestuário da mãe deve ser simples, mas limpo e de bom gosto. A mãe que usa roupas rasgadas e sujas, que pensa em qualquer roupa é suficientemente boa para usar no lar, não importa quão suja ou estragada esteja ela, dá aos seus filhos um exemplo que os incentiva ao desleixo. E mais do que isto, perde ela sua influência sobre eles. Não podem eles deixar de notar a diferença entre a sua aparência e a daqueles que se trajam com bom gosto; e seu respeito por ela é diminuído. Mães, tornai-vos atrativas, não pelo uso de roupas trabalhosamente enfeitadas, mas pelo uso das que são simples e apropriadas. Fazei com que a vossa aparência ensine uma lição de simplicidade. Não podeis dar-vos o luxo de perder o respeito dos vossos filhos. CSa 103 1 Devem-se ensinar às crianças lições de pureza desde a sua infância. Nunca é cedo demais para as mães começarem a encher a mente de seus filhos de pensamentos puros e santos. E uma das maneiras de fazer isso é conservar todas as coisas ao seu redor puras e asseadas. Mães, se desejais que os pensamentos de vossos filhos sejam puros, tornai puro seu ambiente. Sejam seus dormitórios escrupulosamente asseados e limpos. Ensinai-lhes a cuidar de suas próprias roupas. Cada criança deve ter um lugar próprio para guardar suas roupas. Poucos pais são tão pobres que não possam prover para esta finalidade uma grande caixa, a qual pode ser provida de prateleiras e atrativamente coberta. Ensinando verdades espirituais CSa 103 2 Exigirá algum tempo cada dia o ensinar hábitos de ordem às crianças. Esse tempo, porém, não é perdido. No futuro, a mãe será mais do que recompensada por seus esforços neste sentido. CSa 103 3 Cuidai para que as crianças tomem banho diariamente, acompanhado de fricção até que seu corpo fique avermelhado. Dizei-lhe que Deus não aprecia ver Seus filhos de corpo sujo e roupas rasgadas. Depois ide mais adiante, e falai da pureza interior. Seja vosso constante esforço elevar e enobrecer vossos filhos. CSa 103 4 Estamos vivendo nos últimos dias. Logo Cristo virá para levar o Seu povo para as mansões que Ele lhes está preparando. Mas nada que contamine poderá entrar nessas mansões. O Céu é puro e santo, e os que entrarem pelos portões da Cidade de Deus devem estar vestidos de pureza interior e exterior. Banhos freqüentes CSa 104 1 As pessoas que estão com saúde não devem de maneira alguma negligenciar o banho. Devem elas fazer o possível para tomar pelo menos dois banhos por semana. As que não estão com saúde têm impurezas no sangue e a pele não está em boas condições de saúde. A multidão de poros, ou pequenos orifícios, através dos quais o corpo respira, tornam-se obstruídos e cheios de matéria residual. A pele precisa ser cuidadosa e perfeitamente limpa, a fim de que os poros possam desempenhar o seu trabalho de libertar o corpo das impurezas; por isso as pessoas fracas, que enfermam, necessitam com certeza das vantagens e bênçãos do banho pelo menos duas vezes por semana, e com freqüência mais ainda do que isto é certamente necessário. CSa 104 2 Quer a pessoa esteja enferma ou bem de saúde, a respiração torna-se mais livre e fácil se o banho for praticado. Por meio dele, os músculos tornam-se mais flexíveis, a mente e o corpo são igualmente revigorados, o intelecto torna-se mais lúcido e mais vigorosa cada faculdade. O banho é um calmante dos nervos. Promove a transpiração, estimula a circulação, neutraliza as obstruções do organismo e age beneficamente sobre os rins e órgãos urinários. O banho auxilia os intestinos, o estômago e o fígado, comunicando energia e nova vida a cada um. Também estimula a digestão, e, em lugar de enfraquecer-se, o organismo é fortalecido. Em lugar de aumentar a possibilidade de resfriado, um banho, convenientemente tomado, protege contra ele, pois a circulação é aumentada, e os órgãos relacionados com o útero, que são mais ou menos congestionados, são aliviados; pois o sangue é levado à superfície, e se consegue um mais livre e mais regular fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos. -- Testimonies for the Church 3:70, 71 (1871). Como preservar nossas sensibilidades CSa 105 1 Deus criou o homem um pouco menor do que os anjos e lhe conferiu os atributos que, convenientemente usados, torná-lo-iam uma bênção ao mundo e o levariam a refletir a glória do Doador. Mas, embora feito à imagem de Deus, violou o homem, através da intemperança, o princípio e a lei de Deus em sua natureza física. A intemperança de qualquer espécie insensibiliza os órgãos da percepção e enfraquece de tal maneira o poder dos nervos cerebrais que as coisas eternas não mais são apreciadas, mas são colocadas no mesmo nível das comuns. As mais elevadas faculdades da mente, que visavam os mais alevantados propósitos, são trazidas em servidão às paixões mais baixas. CSa 105 2 Se os nossos hábitos físicos não forem corretos, nossas energias mentais e morais não podem ser fortes; pois existe grande afinidade entre o físico e o moral. O apóstolo Pedro compreendia isto e ergueu a voz de advertência aos seus irmãos: "Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma." 1 Pedro 2:11. ... CSa 105 3 Os que obtiveram luz sobre os assuntos do comer e vestir-se com simplicidade, em obediência às leis físicas e morais, e que abandonaram a luz que lhes aponta o dever, eximir-se-ão ao dever em outras coisas. Se eles insensibilizarem a consciência para evitar a cruz que devem tomar para estarem em harmonia com a lei natural, também violarão os Dez Mandamentos, a fim de eximir-se à reprovação. Há decidida relutância da parte de alguns em suportar a cruz e desprezar a afronta. Alguns serão ridicularizados por seus princípios. A conformidade com o mundo está conquistando terreno entre o povo de Deus, que professa ser peregrino e estrangeiro, que espera o* aparecimento do Senhor. Muitos há, entre os professos guardadores do sábado em _____ que estão mais firmemente apegados às modas e desejos mundanos do que a corpo sadio, mente sã ou coração santificado. ... CSa 106 1 Por meio de verdades familiares e apropriadas para estes últimos dias, está o Senhor separando um povo do mundo e purificando-o para Si mesmo. O orgulho e as modas prejudiciais à saúde, o amor à ostentação, o amor à aprovação -- tudo deve ser deixado com o mundo, se desejamos ser renovados no conhecimento segundo a imagem dAquele que nos criou. "Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; o qual Se deu a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras." Tito 2:11-14. A um irmão CSa 106 2 Disse o anjo: "Abstende-vos das concupiscências carnais que combatem contra a alma." Tendes vacilado na reforma da saúde. Parece-vos ser ela um apêndice inútil à verdade. Não é assim; ela é uma parte da verdade. Eis perante vós uma obra que se vos tornará cada vez mais chegada e será mais probante do que qualquer coisa que se vos tenha imposto até agora. Enquanto hesitais e resistis, deixando de apoderar-vos da bênção que é vosso privilégio receber, sofreis a perda. -- Testimonies for the Church 1:546 (1890). ------------------------Seção 3 -- O regime alimentar e a saúde A relação do regime alimentar para com a saúde e a moral CSa 107 1 Apenas uma fração da vida nos é assegurada; e a pergunta que cada um deve fazer é: "Como posso empregar minhas energias de maneira que elas possam render o maior dividendo? Como posso fazer o máximo para a glória de Deus e em benefício dos meus semelhantes?" Pois a vida vale apenas quando é usada para a consecução desses fins. O desenvolvimento próprio, um dever CSa 107 2 Nosso primeiro dever para com Deus e os nossos semelhantes é o do desenvolvimento próprio. Cada faculdade com a qual o Criador nos dotou deve ser cultivada no mais alto grau de perfeição, a fim de que sejamos capazes de realizar a maior soma de bem que nos seja possível. Por isso que, o tempo dispendido no estabelecimento e preservação da saúde é um tempo bem aproveitado. Não podemos permitir-nos diminuir ou invalidar qualquer função do corpo ou da mente. Tão certamente quanto fizermos isto devemos sofrer as conseqüências. CSa 107 3 Todo homem tem a oportunidade, até certo ponto, de tornar-se tudo quanto escolher ser. As bênçãos desta vida, bem como as do estado imortal, estão ao seu alcance. Pode edificar um caráter de valor duradouro, conseguindo nova energia a cada passo. Pode avançar diariamente em conhecimento e sabedoria, cônscio de novos prazeres enquanto progride, acrescentando virtude a virtude, graça a graça. Suas faculdades se desenvolverão pelo uso; quanto maior sabedoria* adquira ele, tanto maior será sua capacidade para adquirir. Sua inteligência, conhecimento e virtude desenvolver-se-ão assim com maior vigor e mais perfeita simetria. CSa 108 1 Por outro lado, pode ele permitir que suas faculdades se entorpeçam por falta de uso ou por serem pervertidas por meio de hábitos maus, falta de domínio próprio ou de vigor moral e religioso. Seu caminho então conduz para baixo; é ele desobediente à lei de Deus e às leis da saúde. O apetite o domina; arrasta-o para longe a inclinação. É-lhe mais fácil permitir que as forças do mal, que estão sempre ativas, o arrastem para trás, do que lutar contra elas e avançar. A dissipação, a doença e a morte se seguem. Esta é a história de muitas vidas que poderiam ter sido úteis à causa de Deus e à humanidade. Tentação por meio do apetite CSa 108 2 Uma das mais fortes tentações que o homem tem de enfrentar é em relação ao apetite. No princípio Deus fez o homem reto. Ele foi criado com perfeito equilíbrio mental, sendo plena e harmoniosamente desenvolvidos o tamanho e a força de todos os seus órgãos. Mas pela sedução do astucioso inimigo, a proibição de Deus foi desrespeitada e as leis da Natureza exercitaram sua plena penalidade. CSa 108 3 A Adão e Eva foi permitido comer de todas as árvores em seu lar edênico, exceto de uma. Disse o Senhor ao santo par: No dia em que comerdes da árvore da ciência do bem e do mal, certamente morrereis. Eva foi enganada pela serpente, e levada a crer que Deus não faria como dissera. Comeu, e, cuidando que sentia a sensação de uma nova e mais exaltada vida, levou do fruto para seu marido. A serpente havia dito que ela não morreria, e ela não sentiu nenhum efeito negativo ao comer do fruto, nada que pudesse ser interpretado como a indicar morte, mas, pelo contrário, uma sensação agradável, a qual imaginava ela fosse semelhante à que os anjos experimentavam. Sua experiência se insurgia contra a positiva ordem de Jeová; contudo, Adão consentiu em ser seduzido por ela. CSa 109 1 Dessa maneira, mesmo no mundo religioso muitas vezes observamos isto. As expressas ordenanças de Deus são transgredidas; e "visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal". Eclesiastes 8:11. Em face dos mais positivos preceitos divinos, homens e mulheres seguem suas próprias inclinações, e depois ousam orar sobre o assunto, para induzirem Deus a admitir que eles andem contra a Sua vontade expressa. Satanás vem para o lado de tais pessoas, assim como o fez com Eva no Éden, e as impressiona. Entregam-se eles a uma maquinação mental, e consideram isto como uma magnífica experiência que o Senhor lhes tenha dado. Mas a verdadeira experiência deve estar em harmonia com as leis natural e divina; a falsa experiência insurge-se contra as leis da vida e os preceitos de Jeová. O apetite dominou os antediluvianos CSa 109 2 Desde que se rendeu pela primeira vez ao apetite, tem a humanidade aumentado cada vez mais a tolerância para consigo mesma, de maneira que a saúde tem sido sacrificada no altar do apetite. Os habitantes do mundo antediluviano eram intemperantes no comer e beber. Alimentavam-se de carne, embora Deus ainda não houvesse dado ao homem qualquer permissão para ingerir alimento animal. Eles comiam e bebiam até que seu depravado apetite não conhecesse limites, e tornaram-se tão corrompidos que Deus não mais os pôde suportar. O copo de sua iniqüidade estava cheio, e Ele purificou a Terra de sua contaminação moral por meio de um dilúvio. A intemperança após o dilúvio CSa 110 1 Ao se multiplicarem os homens sobre a Terra após o dilúvio, de novo se esqueceram de Deus, e corromperam seus caminhos perante Ele. Aumentou a intemperança em toda forma, até que quase o mundo todo estava entregue a sua influência. Cidades inteiras tinham sido varridas da face da Terra por causa de degradantes crimes e revoltante iniqüidade que os fizeram uma mancha sobre o aprazível campo das obras que Deus criara. A satisfação ao apetite antinatural conduziu os pecados que acarretaram a destruição de Sodoma e Gomorra. Deus atribui a queda de Babilônia a sua glutonaria e embriaguez. A condescendência para com o apetite e as paixões fora o fundamento de todos os seus pecados. A experiência de Esaú CSa 110 2 Esaú teve um desejo forte, especial, por uma determinada espécie de alimento, e por tanto tempo estava habituado a satisfazer o eu que não sentiu qualquer necessidade de fugir do prato tentador e cobiçado. Sobre ele pensou, nenhum esforço especial fazendo para restringir o apetite, até que o poder do apetite sobrepôs-se a qualquer outra consideração, e controlou-o, imaginando ele que sofreria grande prejuízo, até mesmo a morte, se não conseguisse esse determinado prato. Quanto mais nele pensava, mais seu desejo era fortalecido, até que sua primogenitura, que era coisa sagrada, perdeu para ele seu valor e santidade. Ele se vangloriava de que podia dispor-se de sua primogenitura e tornar a adquiri-la à vontade; mas, ao procurar reavê-la, ainda que com grande sacrifício, não foi capaz de fazê-lo. Então se arrependeu amargamente de sua imprudência, de sua insensatez, de sua loucura, mas foi tudo em vão. Ele havia desprezado a bênção, e o Senhor a retirou dele para sempre. Israel desejou as panelas do Egito CSa 111 1 Quando o Deus de Israel tirou o Seu povo do Egito, privou-os de alimento cárneo em grande medida, mas deu-lhes pão do Céu e água da dura rocha. Com isto não ficaram eles satisfeitos. Abominaram o alimento que lhes fora dado e desejaram voltar para o Egito, onde podiam sentar-se junto às panelas de carne. Preferiam suportar a escravidão, e até mesmo a morte, a serem privados da carne. Deus lhes satisfez o desejo, dando-lhes carne, e deixando-os comerem-na até que sua glutonaria gerou uma praga, em conseqüência da qual muitos morreram. CSa 111 2 Exemplo após exemplo poderia ser citado, para mostrar os efeitos do condescender com o apetite. A nossos primeiros pais pareceu coisa de pouca importância transgredir a ordem de Deus naquele único ato -- comer do fruto de uma árvore tão linda à vista e tão agradável ao paladar -- mas isso rompeu sua fidelidade a Deus e abriu as comportas de um dilúvio de culpa e desgraça que tem inundado o mundo. Intemperança e crime CSa 111 3 O crime e a doença têm aumentado com cada geração sucessiva. A intemperança no comer e beber, e a condescendência com as paixões baixas, têm entorpecido as faculdades mais nobres do homem. A razão, em vez de ser dominadora, tornou-se escrava do apetite, numa extensão alarmante. Tem-se condescendido com um crescente desejo de alimento muito substancioso, até que se tornou moda abarrotar o estômago com todas as iguarias possíveis. Especialmente em festas de prazer, condescende-se com o apetite com pouca restrição, apenas. Servem-se ricos almoços e jantares tardios, consistentes de alimentos muito temperados, com molhos condimentados, bolos, tortas, gelados, chá, café, etc. Não admira que, com semelhante regime, o povo tenha rosto pálido e sofra indizíveis torturas com dispepsia. CSa 112 1 A Natureza protestará contra toda transgressão das leis da vida. Ela suporta os abusos até onde pode; mas finalmente vem a retribuição e recai tanto sobre as faculdades físicas como sobre as mentais. Nem finda com o transgressor; os efeitos de sua tolerância são vistos em sua descendência, e o mal se transmite de geração em geração. Nossos jovens precisam de domínio próprio CSa 112 2 A juventude de hoje é uma segura indicação do futuro da sociedade; e vendo essa juventude, que podemos esperar para o futuro? Na maioria são amigos de divertimentos e avessos ao trabalho. Falta-lhes coragem moral para negarem-se a si mesmos e atenderem aos reclamos do dever. Eles têm apenas pouco domínio próprio e ficam excitados e irados nas menores oportunidades. Muitos em cada idade ou fase da vida não possuem princípio ou consciência; e com os seus hábitos de ociosidade e dissipação entregam-se aos vícios e corrompem a sociedade, até que nosso mundo se torne uma segunda Sodoma. Se os apetites e paixões estivessem sob o controle da razão e da religião, a sociedade apresentaria um aspecto inteiramente diverso. Jamais foi desígnio de Deus que a atual condição lamentável existisse; ela existe como resultado da brutal violação das leis da Natureza. CSa 112 3 Em grande medida, o caráter é formado nos primeiros anos. Os hábitos então estabelecidos têm mais influência que qualquer dom natural em fazer homens gigantes ou anões no intelecto; pois os melhores talentos podem, mediante hábitos errôneos, ser deformados ou enfraquecidos. Quanto mais cedo na vida uma pessoa contrai hábitos nocivos, tanto mais firmemente prenderão eles sua vítima em servidão, e tanto mais certo é baixarem-lhes eles a norma de espiritualidade. Por outro lado, se são formados na juventude hábitos corretos e virtuosos, eles assinalarão geralmente a direção do seu possuidor através da existência. Verificar-se-á, na maioria dos casos, que os que em anos posteriores reverenciam a Deus e honram o direito, aprenderam essa lição antes de haver tempo de o mundo estampar sua imagem de pecado na alma. Os de idade madura são geralmente tão insensíveis a novas impressões como a rocha endurecida; a juventude, porém, é impressionável. A mocidade é o tempo de adquirir conhecimento para a prática diária no decorrer da vida; então é possível formar facilmente um caráter reto. É o tempo de formar hábitos bons, adquirir e conservar o poder do domínio de si mesmo. A juventude é a estação da semeadura, e a semente lançada determina a colheita, tanto para esta vida como para a futura. A responsabilidade dos pais CSa 113 1 Devem os pais fazer seu primeiro objetivo tornar-se sábios em relação à maneira devida de tratar com seus filhos, a fim de que lhes possam assegurar espírito são em corpo são. Os princípios da temperança devem ser praticados em todos os pormenores da vida doméstica. A abnegação deve ser ensinada aos filhos e ser-lhes imposta, no limite do coerente, desde a infância. Ensinai aos pequeninos que eles devem comer para viver, e não viver para comer; que o apetite deve ser mantido em sujeição à vontade; e que a vontade deve ser governada pela razão calma e inteligente. CSa 113 2 Se os pais transmitiram a seus filhos tendências que tornarão mais difícil a obra de ensiná-los a serem estritamente temperantes, e de cultivarem hábitos puros e virtuosos, que solene responsabilidade repousa sobre eles, de corrigirem essa influência por todos os meios a seu dispor! Quão diligente e zelosamente devem eles esforçar-se para cumprir seu dever por sua desditosa prole! Aos pais é confiado o sagrado encargo de preservar a constituição física e moral de seus filhos. Os que condescendem com o apetite de uma criança, e não a ensinam a dominar suas paixões, poderão posteriormente ver, no amante do fumo, no escravo da bebida alcoólica, de sentidos embotados, e lábios que proferem mentiras e impiedades, o terrível erro que cometeram. CSa 114 1 É impossível para os que dão rédea solta ao apetite, alcançar a perfeição cristã. As sensibilidades morais de vossos filhos não podem ser despertadas facilmente, a menos que sejais cuidadosos na seleção de seu alimento. Muita mãe põe a mesa de maneira que se torna uma cilada para a família. Alimentos cárneos, manteiga, queijo, rica pastelaria, alimentos temperados e condimentos são usados livremente, por velhos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, excitando os nervos e enfraquecendo o intelecto. Os órgãos produtores do sangue não podem converter esses artigos em bom sangue. A gordura cozida com o alimento torna-o de digestão difícil. O efeito do queijo é deletério. O pão feito com a farinha refinada não comunica ao organismo a nutrição que se encontra no pão de farinha integral. Seu uso comum não conservará o organismo na melhor condição. Os condimentos a princípio irritam as tenras mucosas do estômago, mas finalmente destroem a sensibilidade natural dessa delicada membrana. O sangue torna-se febril, despertam-se as propensões animalescas, enquanto se enfraquecem as faculdades morais e intelectuais, tornando-se servas das paixões baixas. CSa 114 2 A mãe deve cuidar em pôr diante de sua família uma alimentação simples, se bem que nutritiva. Deus forneceu ao homem abundantes meios para a satisfação de um apetite não pervertido. Estendeu diante dele os produtos da terra -- bela variedade de alimentos agradáveis ao paladar, e nutritivos para o organismo. Dessas coisas nosso benévolo Pai celeste diz que podemos comer livremente. Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, livres de especiarias e gordura animal de qualquer espécie, fazem com leite ou nata, o mais saudável regime dietético. Comunicam nutrição ao corpo, e dão um poder de resistência e um vigor de intelecto não produzidos por um regime estimulante. Males do uso da carne CSa 115 1 Os que usam alimentos cárneos à vontade, nem sempre têm cérebro desanuviado e intelecto ativo, pois que o uso da carne de animais tende a tornar pesado o corpo e a entorpecer as finas sensibilidades do espírito. Não hesitamos em dizer que a carne não é essencial à manutenção da saúde e da força. CSa 115 2 Os que dependem grandemente da carne não podem evitar, às vezes, comer a carne que está mais ou menos doente. Em muitos casos, o processo de criar animais para o mercado produz uma condição não salutar. Conservados longe da luz e do ar puro, respirando a atmosfera de estábulos imundos, todo o corpo se torna logo contaminado com a matéria fétida; e, ao ser tal carne absorvida pelo organismo humano, corrompe o sangue e se produz a doença. Se a pessoa já tem sangue impuro, essa condição doentia será grandemente agravada. Mas poucos podem ser levados a crer que foi a carne que eles comeram que lhes envenenou o sangue e trouxe os seus sofrimentos. Muitos morrem de doenças devidas unicamente à ingestão de carne, quando a causa real é remotamente suspeita por eles ou outros. Alguns não sentem imediatamente seus efeitos, mas isto não é prova de que ela não os prejudique. Pode estar seguramente operando no organismo, todavia no presente a vítima talvez não compreenda coisa alguma a esse respeito. CSa 116 1 Embora seja um dos artigos mais comuns do regime alimentar, o porco é um dos mais prejudiciais. Deus não proibiu os hebreus de comerem carne de porco apenas para mostrar Sua autoridade, mas porque ele não é um artigo próprio para a alimentação do homem. Deus jamais criou o porco para ser comido sob quaisquer circunstâncias. É impossível que a carne de qualquer criatura vivente seja saudável quando a sujeira é o seu elemento natural, e quando ele se alimenta de todas as coisas detestáveis. CSa 116 2 A principal finalidade do homem não é satisfazer ao apetite. Há necessidades físicas a serem supridas; mas por isto é preciso que o homem seja dominado pelo apetite? Há de o povo que está buscando tornar-se santo, puro, refinado para que possa ser introduzido na sociedade dos anjos celestes, continuar a tirar a vida das criaturas de Deus, e fruir sua carne como uma iguaria? Segundo o Senhor me mostrou, esta ordem de coisas há de mudar-se, e o povo de Deus exercerá temperança em tudo. O preparo de alimento apropriado um dever CSa 116 3 Há uma classe que parece pensar que tudo o que é comido está perdido; que, qualquer coisa lançada no estômago para enchê-lo, fará tanto bem como o alimento preparado com inteligência e cuidado. Mas importa que demos sabor agradável ao alimento que comemos. Se não podemos, e temos que comer maquinalmente, deixamos de receber o alimento apropriado. Nosso corpo é constituído daquilo que comemos; e, a fim de tornar os tecidos de boa qualidade, devemos usar a espécie de alimento acertada, e esta deve ser preparada da maneira que melhor se adapte às necessidades do organismo. É dever religioso dos que cozinham, aprenderem como preparar alimento saudável, de maneiras diversas, de forma que ele possa ser ao mesmo tempo gostoso e saudável. A cozinha pobre está consumindo as energias vitais de milhares. Mais almas se perdem por esta causa do que muitos pensam. Ela perturba o organismo e produz a doença. Nas circunstâncias assim provocadas, as coisas celestiais não podem ser perfeitamente discernidas. CSa 117 1 Algumas pessoas julgam não ser dever religioso preparar devidamente a comida; daí, não procuram aprender a fazê-lo. Deixam o pão azedar antes de assá-lo, e o bicarbonato adicionado para remediar o descuido da cozinheira torna-o totalmente impróprio para o estômago humano. Requer atenção e cuidado fazer bom pão. Há porém, mais religião em um bom pão do que muitos pensam. O alimento pode ser preparado com simplicidade e ser saudável, mas requer perícia torná-lo saboroso e nutritivo ao mesmo tempo. CSa 117 2 Para aprender a cozinhar, as mulheres devem estudar, e depois transformar pacientemente o que aprenderam em prática. O povo sofre por não se dar ao trabalho de assim fazer. Digo a esses: É tempo de se despertarem suas adormecidas energias, e buscarem informações. Não pensem ser perdido o tempo empregado em adquirir inteiro conhecimento e experiência no preparo de alimento são e apetecível. Não importa quão longa haja sido sua experiência na cozinha, se ainda têm a responsabilidade de uma família, cumpre-lhes o dever de aprender a dela cuidar devidamente. Se necessário ide a alguma boa cozinheira e ponde-vos sob sua orientação até vos tornardes senhoras na arte. O comer erroneamente destrói a saúde CSa 117 3 O procedimento errado no comer ou beber destrói a saúde e com ela as alegrias da vida. Oh! quantas vezes tem uma boa refeição, como é chamada, sido adquirida a expensas do sono e do repouso tranqüilos! Milhares, por condescenderem com um apetite pervertido, têm dado origem a febre ou outra doença aguda, a qual resultou em morte! Foi esta uma satisfação adquirida por um imenso preço. CSa 118 1 Só porque é errado comer apenas para satisfazer ao apetite pervertido, não se compreenda que devamos ser indiferentes com respeito ao nosso alimento. É questão da mais alta importância. Ninguém deve adotar regime empobrecido. Muitos se acham debilitados pela doença e precisam de alimento bem preparado e nutritivo. Os reformadores de saúde, mais que todos, devem ter o cuidado de evitar os extremos. O corpo precisa ter suficiente nutrimento. O Deus que dá a Seus amados o sono proveu-lhes também a alimentação apropriada para manter-lhes o sistema físico em condições saudáveis. CSa 118 2 Muitos volvem costas à luz e ao conhecimento, e sacrificam o princípio ao paladar. Comem quando o organismo não carece de alimento, e a intervalos irregulares, porque não têm força moral para resistir à inclinação. Em resultado rebela-se o abusado estômago, e seguem-se sofrimentos. A regularidade no comer é muito importante para a saúde do corpo e a tranqüilidade do espírito. Nunca deve um bocado de alimento atravessar os lábios entre as refeições. Comer com demasiada freqüência, causa de dispepsia CSa 118 3 Muitos transigem com o pernicioso hábito de comer antes de irem deitar-se. Podem ter tomado sua refeição regular, não obstante, porque sentem uma sensação de fraqueza, pensam que devem tomar um lanche. Por transigirem com esta má prática, torna-se ela um hábito, e eles se sentem como se não pudessem dormir sem alimento. Em muitos casos essa fraqueza surge porque os órgãos digestivos foram severamente sobrecarregados durante o dia na disposição da grande quantidade de alimento que lhes foi imposta. Esses órgãos necessitam de um período de repouso total para reaver as energias exauridas. Uma segunda refeição jamais deve ser tomada até que o estômago tenha tido tempo para refazer-se do trabalho da digestão da refeição anterior. Ao irmos para o repouso à noite, o estômago deve ter feito completamente o seu trabalho, para que ele, bem como as demais partes do corpo, possam fruir o repouso. Mas, se mais alimento é lançado nele, os órgãos digestivos são postos em movimento novamente, para realizarem o mesmo ciclo de trabalho durante as horas do sono. O sono de tais indivíduos é muitas vezes perturbado com sonhos desagradáveis, e pela manhã eles despertam indispostos. Quando essa prática é seguida, os órgãos digestivos perdem o seu vigor natural, e a pessoa se considera um infeliz dispéptico. E a transgressão das leis da Natureza não só afeta desfavoravelmente o indivíduo, mas outros sofrem com ele. Siga alguém uma conduta que o irrite de alguma forma, e verá quão depressa manifestará impaciência. Não pode ele, senão por graça especial, falar ou agir calmamente. Projeta uma sombra onde quer que vá. Como pode alguém dizer, então: "Não é da conta de ninguém o que eu coma ou beba?" Males a serem evitados CSa 119 1 É possível comer sem moderação, mesmo os alimentos saudáveis. Não se deve pensar que, pelo fato de haver alguém deixado o uso de artigos prejudiciais do regime alimentar, deva comer tanto quanto lhe aprouver. O alimentar-se em excesso, não importa qual a qualidade do alimento, atrapalha a máquina viva e a estorva assim em seu trabalho. CSa 119 2 Muitos erram em beber água fria às refeições. O alimento não deve ser misturado com água. Tomada às refeições, a água reduz o fluxo de saliva; e quanto mais fria a água, maior o dano causado ao estômago. Limonada ou água geladas, tomadas às refeições, retardarão a digestão até que o organismo tenha provido suficiente calor ao estômago, habilitando-o a retomar o seu trabalho. Mastigai devagar permitindo que a saliva se misture com o alimento. CSa 120 1 Quanto mais líquido se coloca no estômago às refeições mais difícil se torna a digestão do alimento; pois o líquido precisa primeiro ser absorvido. Não useis sal em grande quantidade; abandonai os picles; conservai os alimentos irritáveis fora do estômago; usai frutas com as refeições e a irritação que tanto apela por bebida deixará de existir. Mas, se for necessária para saciar a sede, água pura é tudo o que o organismo requer. Jamais tomeis chá, café, cerveja, vinho ou qualquer bebida espirituosa. Comer devagar CSa 120 2 A fim de assegurar saudável digestão, o alimento deve ser comido vagarosamente. Os que quiserem evitar a dispepsia, e os que compreendem a obrigação que têm de conservar todas as suas faculdades em condições que lhes permitam prestar a Deus o melhor serviço, farão bem em se lembrar disto. Se vosso tempo para comer é limitado, não comais apressadamente, mas comei menos, e mastigai devagar. O benefício derivado do alimento não depende tanto da quantidade de comida, quando da digestão completada; nem a satisfação do paladar depende tanto da quantidade de alimento engolido quanto depende do tempo que o mesmo permanece na boca. Os que são excitados, ansiosos ou apressados, fariam bem em não comer até que tivessem encontrado tranqüilidade ou repouso; pois as faculdades vitais, já duramente sobrecarregadas, não podem suprir os necessários fluidos digestivos. Quando em viagem, alguns estão continuamente mordiscando, se lhes chega ao alcance qualquer coisa de comer. Isto é muito nocivo. Se os que viajam comessem regularmente das mais simples e mais nutritivas espécies de alimento, não sentiriam tão grandes fadigas, nem sofreriam de tantas enfermidades. CSa 120 3 A fim de preservar a saúde, é necessário temperança em todas as coisas -- temperança no trabalho, temperança no comer e no beber. Nosso Pai celestial enviou a luz da reforma da saúde para guardar-nos dos maus resultados de um apetite degradado, para que os que amam a pureza e a santidade possam saber como usar com discrição as coisas boas que Ele lhes proveu, e para que, ao exercerem a temperança na vida diária, possam ser santificados pela verdade. CSa 121 1 Devemos ter nas reuniões gerais e nas campais alimento de boa qualidade, saudável e nutritivo, e preparado de maneira simples. Não devemos transformar essas oportunidades em ocasiões para banquetear-nos. Se apreciamos as bênçãos de Deus, se nos estamos nutrindo do pão da vida, não devemos estar tão interessados em satisfazer o apetite. O assunto principal dos nossos pensamentos será: Como vai minha alma? Haverá um desejo tão intenso pelo alimento espiritual -- algo que comunique vigor espiritual -- que não nos lamentamos caso o regime alimentar seja simples e modesto. CSa 121 2 Deus exige que o corpo Lhe seja oferecido como sacrifício vivo, não morto ou agonizante. As ofertas dos antigos hebreus deviam ser sem mancha; seria aceitável a Deus um sacrifício humano cheio de enfermidades e corrupção? Ele nos diz que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo; e requer de nós que cuidemos deste templo, a fim de que seja habitação apropriada para o Seu Espírito. O apóstolo Paulo nos faz esta admoestação: "Fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. Todos devem ser muito cuidadosos em manter o corpo nas melhores condições de saúde, a fim de poderem prestar a Deus o melhor serviço, cumprindo o seu dever na família e na sociedade.* O poder do apetite CSa 122 1 Uma das mais vigorosas tentações que o homem tem de enfrentar, é quanto ao apetite. Existe entre a mente e o corpo misteriosa e admirável relação. Um reage sobre o outro. Conservar o físico em condição saudável a fim de desenvolver-lhe a resistência, para que cada parte do maquinismo vivo funcione harmonicamente, eis o que deve constituir o primeiro estudo em nossa vida. Negligenciar o corpo, é negligenciar a mente. Não pode ser para a glória de Deus terem Seus filhos corpo enfermo ou mente atrofiada. Condescender com o paladar a custa da saúde, é ímpio abuso dos sentidos. Os que cometem qualquer espécie de intemperança, seja no comer ou beber, desperdiçam as energias físicas e enfraquecem a força moral. Esses experimentarão a recompensa que acompanha a transgressão da lei física. CSa 122 2 O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite traria debilidade física, adormecendo órgãos perceptivos de maneira que se não discerniriam as coisas sagradas e eternas. Cristo sabia que o mundo estava entregue à glutonaria, e que isto perverteria as faculdades morais. Se a condescendência com o apetite era tão forte sobre a raça humana que, para derribar-lhe o poder foi exigido do divino Filho de Deus que jejuasse por cerca de seis semanas, em favor do homem, que obra se acha diante do cristão a fim de ele poder vencer da maneira por que Cristo venceu! A força da tentação para satisfazer o apetite pervertido só pode ser avaliada em face da inexprimível agonia de Cristo naquele prolongado jejum no deserto. CSa 122 3 Cristo sabia que, para com êxito levar avante o plano da salvação, precisava começar a obra redentora do homem* exatamente onde começara a ruína. Adão caiu pela condescendência com o apetite. Para que no homem ficassem gravadas suas obrigações quanto à obedecer a lei de Deus, Cristo começou Sua obra de redenção reformando os hábitos físicos do próprio homem. O declínio da virtude e a degeneração da raça são principalmente atribuíveis à satisfação do apetite pervertido. Uma solene responsabilidade CSa 123 1 Pesa sobre todos e em especial sobre os ministros que ensinam a verdade, solene responsabilidade de vencerem o apetite. Muito maior seria sua utilidade, caso controlassem os apetites e paixões; e mais vigorosas seriam suas faculdades mentais e energias morais, se aliassem o trabalho físico ao exercício mental. Tendo hábitos estritamente temperantes, e com a combinação do trabalho muscular e da mente, poderiam realizar soma incomparavelmente maior de labor, conservando a clareza mental. Seguissem eles essa direção, e seus pensamentos e palavras fluiriam mais livremente, haveria mais energia em seus exercícios religiosos, e mais assinaladas seriam as impressões causadas por eles em seus ouvintes. CSa 123 2 A intemperança no comer, mesmo da comida saudável, exercerá debilitante influência sobre o organismo, embotando as mais vivas e santas emoções. É essencial a estrita temperança em comer e beber, tanto para a conservação da saúde, como para o vigoroso funcionamento de todo o organismo. Hábitos de estrita temperança aliados com o exercício muscular e mental, manterão vigor à mente e ao corpo, e comunicarão poder de resistência aos que se empenham no ministério, aos redatores, e a todos cujos hábitos são sedentários. ... O efeito dos alimentos estimulantes CSa 124 1 A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos insalubres. Depois de algum tempo, devido à continuada condescendência com o apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-se um estado mórbido, experimentando-se intenso desejo de usar comida mais estimulante. O chá, o café e os alimentos cárneos, produzem efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica excitado e, em certos casos, momentaneamente, o intelecto parece revigorado e a imaginação mais viva. CSa 124 2 Como esses estimulantes produzem no momento resultados tão agradáveis, muitos chegam à conclusão de que realmente deles necessitam, e continuam a usá-los. Há sempre, porém, uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevidamente excitado, tomou emprestado para o uso presente, energias reservadas para o futuro. Todo esse temporário avigoramento do organismo é seguido de depressão. Proporcional a esse passageiro aumento de forças do organismo, será a depressão dos órgãos assim estimulados, após haver cessado o efeito do excitante. O apetite educa-se a desejar muito algo mais forte, que tenda a manter e acrescentar a aprazível excitação, até que a condescendência se torne um hábito, havendo contínuo e intenso desejo de mais forte estímulo, como seja o fumo, vinhos e outras bebidas alcoólicas. Quanto mais se satisfizer o apetite, tanto mais freqüente será sua exigência, e mais difícil de o controlar. Quanto mais enfraquecido se tornar o organismo, e menos capaz se tornar de passar sem tais estimulantes, tanto mais aumenta a paixão por eles, até que a vontade é levada de vencida, e parece impossível a resistência ao forte e falso desejo desses estimulantes. CSa 125 1 O único caminho seguro é não tocar, não provar, não manusear o chá, o café, vinhos, o fumo e o ópio e as bebidas alcoólicas. A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade fortalecida pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás, e vencer a mínima condescendência com o apetite pervertido, é duas vezes maior que a de algumas gerações passadas. Mas a geração atual tem menos poder de domínio próprio do que os que viviam então. Os que têm condescendido com o apetite quanto a esses estimulantes, transmitiram aos filhos os depravados apetites e paixões, tornando-se a esses filhos necessário maior força moral para resistir a toda sorte de intemperança. O único procedimento perfeitamente seguro é ficar firme ao lado da temperança, e não se arriscar na perigosa vereda. CSa 125 2 O grande objetivo por que Cristo suportou aquele longo jejum no deserto, foi ensinar-nos a necessidade da abnegação e da temperança. Essa obra deve começar à nossa mesa, cumprindo que seja estritamente efetuada em todos os aspectos da vida. O Redentor do mundo veio do Céu para ajudar o homem em sua fraqueza para que, no poder que Jesus lhe veio trazer, ele se torne forte para vencer o apetite e a paixão, fazendo-se vitorioso em todos os pontos. CSa 125 3 Muitos pais educam os gostos de seus filhos, e lhes formam os apetites. Servem-lhes carnes, chá e café. Os alimentos cárneos muito condimentados e o chá e o café que algumas mães animam os filhos a ingerirem, preparam o caminho para eles desejarem os estimulantes mais fortes, como o fumo. O uso do fumo incita o desejo das bebidas alcoólicas; e seu uso diminui invariavelmente a força nervosa. CSa 125 4 Caso as sensibilidades morais dos cristãos se despertassem no sentido da temperança em todas as coisas, eles poderiam por seu exemplo começar à mesa a ajudar os que são fracos no domínio de si mesmos, quase impotentes para resistirem aos anseios do apetite. Se pudéssemos compreender que os hábitos que formamos nesta vida afetarão nossos interesses eternos, que nosso destino perpétuo depende dos hábitos de estrita temperança, esforçar-nos-íamos no sentido de formá-los no comer e no beber. Por nosso exemplo e esforço pessoal, podemos servir de instrumentos para salvar muitas almas da degradação da intemperança, do crime e da morte. Nossas irmãs podem fazer muito na grande obra da salvação de outros com o apresentar mesas providas apenas de alimentos saudáveis e nutritivos. Podem empregar o precioso tempo de que dispõem em educar o gosto e o apetite de seus filhos, formando neles hábitos de temperança em todas as coisas, incentivando ao mesmo tempo a abnegação e a beneficência em proveito dos outros. Resultados da condescendência CSa 126 1 Não obstante o exemplo que Cristo nos deu no deserto da tentação, refreando o apetite e vencendo-lhe o poder, muitas mães cristãs existem que, por seu exemplo e pela educação que dão aos filhos, estão-nos preparando para serem comilões e bebedores de vinho. Deixa-se freqüentemente às crianças que comam o que lhes apetece e quando lhes apetece, sem atenção para com a saúde. Muitos filhos são educados como glutões desde a primeira infância. Em resultado disso tornam-se dispépticos bem cedo na vida. A condescendência e a intemperança no comer cresce com eles, e fortalece-se à medida que eles se fortalecem. Sacrifica-se, devido à indulgência dos pais, o vigor físico e o mental. Fidelidade na reforma da saúde CSa 127 1 Fui incumbida de dirigir uma mensagem a todo o nosso povo no tocante à reforma do regime alimentar; pois muitos se têm desviado de sua anterior fidelidade a esses princípios. CSa 127 2 O propósito de Deus, em relação aos Seus filhos, é que cresçam até à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus. Para o conseguir, cumpre que façam uso legítimo de toda faculdade do espírito, alma e corpo. Não devem desperdiçar nenhuma força mental nem física. CSa 127 3 O assunto de como preservar a saúde é de importância capital. Estudando-o no temor de Deus, acharemos que o melhor para a nossa prosperidade, tanto física como espiritual, é observar regime alimentar simples. Estudemos pacientemente a questão. Necessitamos de sabedoria e bom critério, a fim de proceder sabiamente neste assunto. As leis da Natureza não devem ser contrariadas, mas obedecidas. CSa 127 4 Os que têm sido instruídos com relação aos efeitos prejudiciais do uso da alimentação cárnea, do chá e do café, bem como de comidas muito condimentadas, e que estão resolvidos a fazer com Deus um concerto com sacrifício, não hão de continuar a satisfazer o seu apetite com alimentos que sabem ser prejudiciais à saúde. Deus requer que o apetite seja dominado, e se pratique a renúncia no tocante às coisas que fazem mal. É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dEle perfeito. Responsabilidade pessoal CSa 127 5 O povo remanescente de Deus deve estar convertido. A apresentação desta mensagem, visa à conversão e santificação das* almas. Devemos sentir neste movimento a virtude do Espírito de Deus. É esta uma mensagem maravilhosa e definida; significa tudo para quem a recebe e deve ser proclamada em alta voz. Devemos ter fé verdadeira e constante em que esta mensagem há de continuar aumentando de importância até ao fim. CSa 128 1 Alguns crentes professos aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, ao passo que rejeitam outras que condenam suas inclinações favoritas. Essas pessoas estão contrariando a própria prosperidade, bem como a da igreja. Importa que andemos na luz, enquanto ela estiver conosco. Os que dizem crer na reforma do regime alimentar, e contudo lhe contrariam os princípios nas suas práticas quotidianas, estão prejudicando a própria alma, deixando má impressão no espírito de outros crentes e dos incrédulos. Vigor mediante a obediência CSa 128 2 Arcam com grande responsabilidade os que conhecem a verdade, para conseguir que todas as suas obras correspondam à sua fé, sua vida seja purificada e santificada, e eles preparados para a obra que tem de ser rapidamente feita nestes últimos dias. Não dispõem de tempo nem de forças para gastá-los com satisfazer o apetite. As seguintes palavras devem soar-nos aos ouvidos com impressiva gravidade: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor." Atos 3:19. Muitos dentre vós têm espiritualidade deficiente, e, a menos que sejam totalmente convertidos, se perderão irremediavelmente. Quereis correr este risco? CSa 128 3 Orgulho e fraqueza de fé privam a muitos das ricas bênçãos de Deus. Muitos há que, se não se humilharem diante de Deus hão de ficar surpreendidos e desapontados quando soar o clamor: "Aí vem o esposo!" Mateus 25:6. Têm a teoria da verdade, falta-lhes, porém, o óleo nos vasos para as lâmpadas. Nossa fé no presente tempo não deve consistir em mero assentimento ou em simplesmente acreditar na teoria da terceira mensagem. Precisamos do óleo da graça de Cristo para prover as nossas lâmpadas, e fazer que a luz de nossa vida irradie, indicando o caminho aos que estiverem em trevas. CSa 129 1 Se quisermos fugir de uma experiência claudicante, cumpre-nos operar com diligência e sem demora a nossa própria salvação, e isto com temor e tremor. Muitos há que não dão prova categórica de sua fidelidade aos votos do batismo. Seu zelo está arrefecido pela formalidade, ambições mundanas, orgulho e amor-próprio. De quando em quando, seus sentimentos são estimulados, porém não se deixam cair sobre a rocha, Cristo Jesus. Não se chegam a Deus com coração contrito e arrependido, confessando seus pecados. CSa 129 2 Os que em seu coração experimentam os efeitos da legítima conversão, hão de em sua vida revelar os frutos do Espírito. Oxalá se persuadissem todos os que têm vida espiritual tão diminuta, de que a vida eterna só será concedida aos que participam da natureza divina, fugindo às corrupções e concupiscências deste século! CSa 129 3 Somente a virtude de Cristo é que pode operar uma transformação do coração e do espírito, a qual todos necessitam a fim de poder com Ele partilhar a nova vida no reino dos Céus. "Aquele que não nascer de novo", disse Jesus, "não pode ver o reino de Deus." João 3:3. A religião que vem de Deus é a única que a Ele conduz. Para podermos servi-Lo como convém, importa nascer do divino Espírito. Seremos então induzidos à vigilância, tendo purificado o coração e renovado o entendimento, e obtido graça para conhecer e amar a Deus. Isto nos tornará dispostos para obedecer a todos os reclamos divinos, que é o em que consiste o culto legítimo. CSa 130 1 Deus requer de Seu povo crescimento progressivo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação da alma. Apesar de sua adesão à reforma do regime alimentar, muitos seguem regime impróprio. A transigência com o apetite é a causa principal da debilidade física e mental, e é em grande parte responsável pela fraqueza e morte prematura de muitos. Todo indivíduo que aspira à pureza de espírito, deve ter sempre presente que em Cristo há virtude para vencer o apetite. A alimentação cárnea CSa 130 2 Se pudéssemos auferir qualquer benefício da condescendência com o desejo de alimentos cárneos, eu não vos faria este apelo. Mas sei que tal não se dá. A alimentação cárnea é prejudicial ao bem-estar físico e devemos aprender a passar sem ela. Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às suas preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, a pouco e pouco se tornarão descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão por fim incapazes de discernir estas, colhendo o que semearam. CSa 130 3 Aos alunos de nossas escolas não se deve servir carne nem quaisquer outros alimentos que se sabe serem prejudiciais. Nada que possa promover o apetite de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para os velhos, os moços e os de meia-idade. Negai ao vosso apetite o que vos possa causar dano. Servi ao Senhor com sacrifício. CSa 131 1 As próprias crianças devem desempenhar parte inteligente nesta obra. Somos todos membros de uma só família e Deus quer que Seus filhos, tanto moços como velhos, se resolvam a negar-se no apetite e a poupar os meios necessários à construção de casas de culto e ao sustento dos missionários. CSa 131 2 Estou habilitada a dizer aos pais: Colocai-vos nesta questão com alma e espírito ao lado do Senhor. Precisamos lembrar constantemente que estamos em juízo perante o Senhor do Universo nestes dias de graça. Não vos quereis libertar das condescendências que vos estão prejudicando? É fácil fazer uma profissão formal de fé; testifiquem, porém, os vossos atos de renúncia, de vossa obediência aos preceitos que Deus estabelece para Seu povo peculiar. Deponde então na tesouraria da igreja uma parte das economias que realizardes por meio desses atos; e não escassearão os meios para realizar a obra de Deus. CSa 131 3 Muitos há que sentem não poderem permanecer por muito tempo sem o uso de alimentos cárneos; mas se essas pessoas se colocassem do lado do Senhor, absolutamente resolvidas a andar no caminho pelo qual Ele deseja guiá-las, receberiam força e sabedoria, como sucedeu a Daniel e seus companheiros. Veriam como o Senhor lhes pode dar bom discernimento, e se surpreenderiam ao ver quanto podem ser poupado para a obra de Deus pelos atos de renúncia. As pequenas somas poupadas por atos de sacrifício farão mais para o levantamento da obra de Deus do que os grandes donativos que forem feitos sem renúncia. CSa 131 4 Os adventistas do sétimo dia proclamam verdades momentosas. Há mais de quarenta anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus! Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma do regime alimentar. No tocante à temperança, deveríamos haver progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhe apraz e procedem do mesmo modo. CSa 132 1 Os que ocupam cargo de instrutor e dirigente em nossa causa devem estar firmados no terreno da Bíblia, com relação a reforma do regime alimentar e dar testemunho decidido aos que crêem que estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios. CSa 132 2 Os princípios que nos foram propostos no começo desta mensagem são tão importantes e devem ser considerados com tanta consciência hoje em dia como o foram então. Muitos há que nunca seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. É tempo de tirar a luz de sob o alqueire e fazê-la resplandecer com radiação clara e luminosa. CSa 132 3 Os princípios do regime alimentar significam muito para nós, individualmente, e como povo. Quando pela primeira vez me veio a mensagem da reforma alimentar, eu era fraca e muito débil, sujeita a desmaios freqüentes. Roguei a Deus que me auxiliasse, e Ele me apresentou a grande questão da reforma da alimentação. Revelou-me que os que estão guardando seus mandamentos, deverão ser postos em relação sagrada com Ele e, por meio da temperança observada no comer e no beber, conservar o espírito e o corpo nas condições mais favoráveis para o Seu serviço. Essa luz me foi grande bênção. Tomei posição como observadora da reforma do regime alimentar, sabendo que o Senhor me fortaleceria. Tenho hoje melhor saúde do que na juventude, apesar da minha idade. CSa 133 1 Houve quem alegasse que não tenho seguido os princípios da reforma alimentar, tais como os defendo com a pena; posso, entretanto, dizer que tenho sido fiel a essa reforma. Os membros da minha família sabem que isso é verdade. "Para a glória de Deus" CSa 133 2 Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde abundam as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. Fui instruída que a alimentação de carne tende a embrutecer a natureza e a privar os homens daquele amor e simpatia que devem sentir uns pelos outros, dando aos instintos baixos o domínio sobre as faculdades superiores do ser. Se a alimentação de carne foi saudável algum dia, é perigosa agora. Constitui em grande parte a causa dos cânceres, tumores e moléstias dos pulmões. CSa 133 3 Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso de carne, têm sobre outras pessoas. Como mensageiros de Deus, não devemos testemunhar ao povo: "Quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus"? 1 Coríntios 10:31. Não devemos dar um testemunho decidido contra a transigência com o apetite pervertido? Porventura os ministros do evangelho, que estão a proclamar a verdade mais solene já enviada aos mortais, devem constituir-se exemplo no regresso às panelas de carne do Egito? É lícito que os que são sustentados pelos dízimos dos celeiros de Deus se permitam a condescendência que tende a envenenar a corrente vivificadora que lhes flui nas veias? Desprezarão a luz que Deus lhes deu e as advertências que lhes faz? A saúde do corpo deve ser considerada como essencial para o crescimento na graça e para a aquisição de bom temperamento. Se o estômago não for bem cuidado, a formação de caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir impróprios também. CSa 134 1 Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar tudo que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus. CSa 134 2 Somente quando dermos atenção inteligente aos princípios do viver saudável, seremos habilitados a ver os males que resultam do regime impróprio. Os que, depois de reconhecerem seus erros, tiverem coragem para reformar seus hábitos, hão de experimentar que o processo da reforma exige lutas e muita perseverança. Uma vez educados os gostos, porém, reconhecerão que o uso de alimentos que antes haviam considerado inofensivos, estivera, pouco a pouco, mas de modo seguro, lançando bases para a dispepsia e outras moléstias. CSa 134 3 Pais e mães, vigiai em oração. Ponde-vos em guarda rigorosa contra a intemperança sob qualquer forma. Ensinai aos vossos filhos os princípios da verdadeira reforma pró-saúde. Ensinai-lhes o que lhes convém evitar, a fim de preservar a saúde. Já a ira de Deus está começando a manifestar-se sobre os filhos da desobediência. Quantos crimes, pecados e práticas iníquas estão se manifestando por todos os lados! Como um povo, devemos ter o maior cuidado em guardar nossos filhos da companhia depravada. O ensino dos princípios de saúde CSa 135 1 Para educar o povo nos princípios da reforma de saúde, é mister que se façam maiores esforços. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, quanto aos meios de preparar alimentos saudáveis. Todos, velhos e moços, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mão dos alimentos animais. CSa 135 2 Ensinai ao povo que é melhor saber conservar a saúde do que curar as enfermidades. Nossos médicos devem ser educadores sábios, advertindo a todos contra a tolerância dos apetites e mostrando que a abstinência das coisas que Deus proibiu é o único modo de evitar a ruína não só do corpo, mas também do espírito. CSa 135 3 Muito do cuidado e habilidade devem ser empregados na preparação dos alimentos destinados a substituir os que antigamente constituíam o regime alimentar dos que agora estão aprendendo a ser reformadores. Para esse fim requer-se fé em Deus, firmeza de propósito e o desejo de promover o auxílio mútuo. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta o opróbrio da causa da reforma da saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo. Exageros no regime alimentar CSa 135 4 Alguns de nosso povo, posto que se abstenham conscienciosamente de alimentos impróprios, deixam, todavia, de suprir-se dos elementos necessários ao sustento do corpo. Nutrindo idéias exageradas a respeito da reforma da saúde, correm o risco de preparar pratos tão insípidos que não satisfazem. Cumpre preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não de deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal, em vez de produzir efeito deletério, é realmente essencial para o sangue. Os vegetais devem tornar-se saborosos com um pouco de leite, nata, ou algo equivalente. CSa 136 1 Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso da manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. CSa 136 2 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Destarte a reforma da saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado erigir solidamente, confunde-se com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja se paralisam. Mas Deus intervirá para evitar os resultados das idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus. CSa 136 3 Tempo virá em que talvez tenhamos de deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidades para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperai até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare caminho para isso. CSa 136 4 Os que almejam êxito na proclamação dos princípios da reforma da saúde, deverão fazer da Palavra de Deus seu guia e conselheiro. Somente quando assim procederem é que os mestres dos princípios dessa reforma poderão permanecer em terreno vantajoso. Evitemos dar testemunho contra ela, deixando de usar alimentos nutritivos e saborosos em lugar dos artigos prejudiciais do regime que abandonamos. De forma alguma satisfaçais o vosso apetite quando este requer estimulantes. Tomai somente alimentos simples, nutritivos e agradecei a Deus constantemente os princípios da reforma da saúde. Em todas as coisas sede verdadeiros e retos, e ganhareis vitórias preciosas. O regime alimentar em países diversos CSa 137 1 Conquanto trabalhando contra a glutonaria e a intemperança, necessitamos reconhecer a condição a que está sujeita a família humana. Deus fez provisões para os que vivem nas diversas partes do mundo. Os que desejam ser Seus cooperadores devem refletir maduramente antes de especificar os alimentos que devem ser usados e os que não devem. Cumpre colocar-nos em ligação íntima com as massas. Se a reforma da saúde com todo o seu rigor, for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem a sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem. Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que tomem os alimentos mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: "Não deveis comer ovos, nem usar leite ou nata. Não deveis empregar manteiga no preparo de vossos alimentos." Cumpre que o evangelho seja pregado aos pobres, mas ainda não chegamos ao tempo em que deverá ser prescrito o regime dietético mais rigoroso. Palavras aos vacilantes CSa 137 2 Os ministros que se sentem em liberdade para tolerar o apetite estão longe de atingir o alvo. Deus os quer como reformadores da saúde. Deseja-os vivendo na luz que foi dada sobre este assunto. Entristece-me ver os que deveriam ser zelosos dos nossos princípios de saúde, ainda não convertidos ao modo de vida que nos convém. Oro ao Senhor para que lhes impressione o espírito com o fato de que estão sofrendo grande perda. Se tudo fosse como deveria ser nos lares de que se compõem nossas igrejas, faríamos trabalho dobrado para o Senhor. CSa 138 1 A fim de serem purificados e permanecerem puros, os adventistas do sétimo dia deverão possuir o Espírito Santo em seu coração e lar. O Senhor me revelou que quando o Israel de hoje se humilhar perante Ele e limpar toda mancha que porventura contamine o templo da alma, ouvir-lhe-á as orações em favor dos enfermos e os abençoará no uso de Seus remédios. Se o agente humano fizer pela fé tudo quanto puder para combater a enfermidade, empregando os métodos simples de tratamento por Deus providos, seus esforços serão abençoados por Ele. CSa 138 2 Se depois de tanta luz que lhes foi dada, os filhos de Deus ainda mantiverem hábitos errôneos, condescendendo com o apetite e recusando reformar-se, sofrerão fatalmente as conseqüências da transgressão. Se se propuserem satisfazer o apetite pervertido, seja a que preço for, Deus não os salvará miraculosamente daquilo que é o resultado de sua condescendência. "Em tormentos jazereis." Isaías 50:11. CSa 138 3 Os que preferem ser presunçosos, dizendo: "O Senhor me curou, não necessito restringir o regime dietético; posso comer e beber o que me aprouver", necessitarão, no corpo e na alma, do poder restaurador de Deus. Em vista de o Senhor vos ter misericordiosamente curado, não deveis supor que podeis acompanhar as práticas condescendentes do mundo. Fazei o que Cristo ordenava, depois de operada a cura: "Vai-te, e não peques mais." João 8:11. O apetite não deve ser vosso deus. CSa 139 1 O Senhor deu Sua Palavra ao Israel antigo de que se se apegassem firmemente a Ele e cumprissem todos os Seus reclamos, guardaria todos os Seus das doenças que haviam atribulado os egípcios; mas essa promessa foi feita sob condição de obediência. Se os israelitas houvessem obedecido às instruções recebidas, aproveitando-se de suas vantagens, ter-se-iam tornado para o mundo um modelo de saúde e prosperidade. Deixaram de cumprir o plano divino e, desta forma, de receber também as bênçãos que poderiam ter sido suas. Mas em José e Daniel, Moisés e Elias e em muitos outros, temos exemplos nobres dos resultados que se podem obter de um plano sábio de vida. Da mesma maneira a fidelidade hoje em dia produzirá resultados idênticos. É para nós que está escrito: "Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:9. CSa 139 2 Quantos se privam das bênçãos mais preciosas que Deus tem em depósito para eles, seja em saúde, seja em dons espirituais! Há muitas almas que reclamam vitórias e bênçãos especiais para que possam fazer alguma coisa apreciável. Para este fim estão sempre sentindo que lhes é necessário empenhar-se numa exaustiva luta com orações e lágrimas. Quando tais pessoas esquadrinharem as Escrituras com espírito de oração, para conhecer a vontade divina e pô-la em prática de todo o coração, sem reserva alguma nem tolerância de qualquer espécie, encontrarão descanso. Todas as agonias, lágrimas e lutas não lhes produzirão a bênção que anelam. O eu precisa ser totalmente renunciado. Devem fazer a obra que se lhes apresenta, recebendo a plenitude da graça de Deus, que é prometida a todos os que a pedem com fé. CSa 139 3 "Se alguém quer vir após Mim", disse Jesus, "negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Lucas 9:23. Sigamos o Salvador em Sua simplicidade e renúncia. O Homem do Calvário seja por nós enaltecido pela palavra e por vida santa. O Salvador chega muito perto dos que se consagram a Deus. Se já houve um tempo em que mais necessitássemos da operação do Espírito Santo no coração e vida, esse tempo é o presente. Asseguremo-nos deste poder divino para termos a força de viver uma vida de santidade e renúncia. Participantes da natureza divina CSa 140 1 Jesus repousava na sabedoria e força de Seu Pai celeste. Declara: "O Senhor Jeová Me ajuda, pelo que Me não confundo, ... e sei que não serei confundido. ... Eis que o Senhor Jeová Me ajuda." Mostrando Seu próprio exemplo, diz-nos: "Quem há entre vós que tema ao Senhor, ... quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o Seu Deus." CSa 140 2 "Vem o príncipe do mundo", disse Jesus; "ele nada tem em Mim." Nada havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós. Deus nos toma a mão da fé, e a leva a apoderar-se firmemente da divindade de Cristo, a fim de atingirmos a perfeição de caráter. -- O Desejado de Todas as Nações, 123. O resultado de desatender a luz CSa 141 1 A doença que visitou a muitas famílias em _____ não teria ocorrido, tivessem elas seguido a luz que Deus lhes confiou. À semelhança do Israel antigo, desatenderam elas a luz e não mais puderam ver a necessidade de refrear o apetite do que o Israel antigo. Os filhos de Israel desejavam obter alimentos cárneos, e diziam, como o fazem muitos agora: Se não tivermos carne morreremos. Deus deu carne ao rebelde Israel, mas Sua maldição o acompanhou. Milhares deles pereceram enquanto a carne ainda lhes estava entre os dentes. Temos o exemplo do Israel antigo, e a advertência para que não façamos como eles. ... Como podemos ir avante tão indiferentemente, escolhendo o nosso próprio caminho, seguindo a luz dos nossos próprios olhos e afastando-nos mais e mais de Deus, como o fizeram os hebreus? Deus não pode fazer grandes coisas por Seu povo em virtude de sua dureza de coração e pecaminosa descrença. CSa 141 2 Deus não faz acepção de pessoas, mas em todas as gerações os que temem ao Senhor e obram o que é justo são por Ele aceitos, enquanto os que são murmuradores, incrédulos e rebeldes não obterão o Seu favor nem as bênçãos prometidas aos que amam a verdade e nela andam. Os que possuem a luz e não a seguem, mas desatendem os reclamos divinos, notarão que suas bênçãos se converteram em maldições e em juízo as suas misericórdias. Deus deseja que aprendamos humildade e obediência ao lermos a história do Israel antigo, que fora Seu povo escolhido e peculiar, mas que trouxe sua própria destruição pelo fato de haver seguido os seus próprios caminhos. -- Testimonies for the Church 3:171, 172 (1872). Fidelidade às leis da saúde CSa 142 1 Estou convencida de que ninguém precisa tornar-se doente, ao preparar-se para a reunião campal, se observar as leis da saúde em sua cozinha. Se não fizer nenhum bolo nem pastel, mas fizer pão simples integral, e depender de frutas, em conserva ou secas, não necessita contrair doença ao preparar-se para a reunião, nem precisará ficar doente enquanto lá estiver. Ninguém deve estar durante toda a reunião sem algum alimento quente. ... CSa 142 2 Os irmãos e as irmãs não devem ficar doentes no acampamento. Se se vestirem de maneira apropriada nas horas frias da manhã e da noite e forem meticulosos em variar as suas roupas de acordo com a mudança do tempo, de modo a manter circulação apropriada, e estritamente observarem regularidade no dormir e no comer alimentos simples, não tomando nada entre as refeições, não precisam ficar doentes. ... Os que têm estado empenhados em trabalho árduo de dia para dia, agora cessam os seus exercícios; por isso não devem comer a sua quantidade comum de alimento. Se o fizerem, seu estômago será sobrecarregado. Desejamos ter de modo especial as energias cerebrais vigorosas nessas reuniões, e no melhor estado de saúde possível, para ouvirmos a verdade, apreciá-la, retê-la, a fim de que todos possamos praticá-la após voltarmos da reunião. Se o estômago é sobrecarregado com muito alimento, ainda que de boa espécie, a energia cerebral é chamada em auxílio dos órgãos digestivos. Há uma sensação de embotamento no cérebro. É quase impossível conservar os olhos abertos. As muitas verdades que devemos ouvir, entender e praticar são inteiramente perdidas pela indisposição ou porque o cérebro está quase paralisado em conseqüência da quantidade de alimento ingerido. -- Testimonies for the Church 2:602, 603 (1871). Cozinha saudável CSa 143 1 Muitos não consideram este um assunto de dever, por isso não procuram preparar alimento apropriado. Este pode ser feito de maneira simples, saudável e fácil, sem usar banha, manteiga ou alimentos cárneos. A habilidade deve estar ligada à simplicidade. Para isso, as senhoras devem ler e, depois, transformar pacientemente em prática o que leram. Muitas estão sofrendo por não quererem dar-se ao incômodo de fazer isso. Digo a estas: É tempo de despertardes as vossas energias adormecidas e pôr-vos em dia com a leitura. Aprendei a cozinhar com simplicidade e, não obstante, de maneira a conseguir o mais saboroso e saudável alimento. CSa 143 2 Pelo fato de ser errado cozinhar apenas para agradar o paladar ou satisfazer o apetite, ninguém deve nutrir a idéia de que esteja certo um regime alimentar improvisado. Muitos estão debilitados pela doença e carecem de alimentos nutritivos, em abundância e bem cozidos. Temos visto freqüentemente pão integral pesado, azedo e apenas parcialmente assado. Isso é falta de interesse de aprender, e de cuidado em desempenhar-se do importante dever de cozinhar. Às vezes encontramos broas ou biscoitos, secos, não assados, e outras coisas dessa espécie. E depois as cozinheiras vos dirão que se acham em condições de cozinhar bem no estilo antigo, mas, para dizerem a verdade, seus familiares não gostam de pão de farinha integral; que eles morreriam de fome vivendo dessa maneira. CSa 143 3 Tenho dito a mim mesma que não me admira isto. É vossa maneira de preparar o alimento o que o torna tão sem sabor. Comer tal alimento levaria certamente a pessoa à dispepsia. CSa 143 4 Essas pobres cozinheiras, e os que têm de comer o seu alimento, dirão solenemente que a reforma de saúde não se lhes ajusta. O estômago não tem poder para transformar em bom, o pão pobre, pesado e azedo; ao contrário esse pão pobre transformará em doente o estômago são. Os que usam tal alimento sabem que estão diminuindo o vigor. Não há uma causa? Algumas dessas pessoas se dizem reformadores, mas não o são. Elas não sabem cozinhar. Preparam bolos, batatas e pão de farinha integral, mas há sempre a mesma rotina, com pouca variação, e o organismo deixa de ser fortalecido. Parece-lhes inútil o tempo empregado em obter uma experiência cabal no preparo de alimento saudável e saboroso. Aprendei a cozinhar CSa 144 1 Freqüentemente nossas irmãs não sabem cozinhar. A estas, eu diria: Eu iria à melhor cozinheira que se pudesse encontrar no país e permaneceria aí, se necessário, por semanas, até que me tornasse mestre na arte -- uma inteligente e hábil cozinheira. Assim faria eu se tivesse uns quarenta anos. É vosso dever saber cozinhar, da mesma maneira que é dever vosso ensinar vossas filhas a fazê-lo. Ao ensinar-lhes a arte culinária estais construindo ao redor delas uma barreira que as preservará de loucura e do vício a que, de outro modo, serão tentadas a entregar-se. Eu prezo minha costureira, dou valor a minha secretária; mas, minha cozinheira, que sabe preparar bem o alimento para sustentar a vida e nutrir o cérebro, os ossos e músculos, ocupa o mais importante lugar entre os auxiliares em minha família. -- Testemunhos Selectos 1:191. A habilidade mais necessária CSa 145 1 É dever religioso para os que cozinham aprenderem a preparar alimento saudável em diferentes maneiras, de modo a serem ingeridos com prazer. As mães devem ensinar seus filhos a cozinhar. Que ramo da educação de uma jovem pode ser tão importante como esse? A comida tem que ver com a vida. O alimento escasso, empobrecido, mal preparado, está continuamente empobrecendo o sangue mediante o enfraquecimento dos órgãos que o fazem. É altamente essencial que a arte culinária seja considerada uma das mais importantes matérias na educação. Poucas são as boas cozinheiras. As jovens acham que é descer a uma baixa ocupação tornar-se cozinheira. Não é assim. Elas não encaram a questão do devido ponto de vista. O conhecimento acerca do preparo do alimento saudável, do pão em especial, não é ciência inferior. ... CSa 145 2 As moças devem ser cabalmente instruídas na cozinha. Sejam quais forem suas circunstâncias na vida, aí está um conhecimento que pode ser posto em uso prático. É o ramo da educação que tem influência mais direta sobre a vida humana, especialmente daqueles que mais queridos nos são. Muita esposa e mãe que não teve a devida educação, e a quem falta habilidade na arte culinária, apresenta diariamente a sua família comida mal preparada, a qual vai firme e seguramente destruindo os órgãos digestivos, preparando deficiente qualidade de sangue, e trazendo com freqüência ataques agudos de doença inflamatória, causando morte prematura. CSa 145 3 Muitos foram levados à morte por comerem pão pesado e azedo. Foi-me relatado um caso de uma menina empregada que fez uma fornada de pão azedo e pesado. Para ver-se livre dele e ocultar o caso, atirou-os a um casal de grandes porcos.* Na manhã seguinte, o dono da casa encontrou mortos os animais e, examinando a gamela, encontrou pedaços daquele pão pesado. Fez averiguações, e a jovem confessou o que fizera. Não pensara no efeito que tal pão teria nos porcos. Se pão azedo e pesado mata porcos, que podem devorar cascavéis, e quase tudo quanto é detestável, que efeito terá no delicado órgão que é o estômago humano? CSa 146 1 É dever religioso de cada moça e senhora cristã aprender sem tardança a preparar pão bom e de fácil digestão, de farinha de trigo integral. As mães devem fazer-se acompanhar de suas filhas ainda bem jovens, na cozinha, e ensinar-lhes a arte de cozinhar. A mãe não pode esperar que suas filhas compreendam os mistérios da conservação do lar sem instrução. Deve ela instruí-las paciente e carinhosamente, e tornar o trabalho o mais agradável possível por sua fisionomia alegre e encorajadoras palavras de aprovação. Se elas errarem uma vez, duas ou três, não as censureis. O desânimo antecipado está realizando sua obra e tentando-as a dizerem: "Não adianta, não posso fazer isto." Esse não é o momento para censura. A vontade se está tornando enfraquecida. É necessário o incentivo de palavras encorajadoras, cordiais, esperançosas como: "Não se preocupem com os erros que cometeram. Vocês são apenas aprendizes, e devem considerar natural cometer erros. Experimentem novamente. Ponham a mente no que estão fazendo. Sejam bem cuidadosas, e com certeza serão bem-sucedidas." CSa 146 2 Muitas mães não consideram a importância dessa espécie de conhecimento e, em lugar de terem a preocupação e o cuidado de ensinar seus filhos e tolerar suas faltas e erros enquanto aprendem, preferem fazer tudo elas mesmas. E, ao cometerem suas filhas alguma falta ao se esforçarem, elas as mandam embora dizendo: "Não adianta, você não sabe fazer isto ou aquilo. Você me deixa mais perplexa e me atrapalha mais do que ajuda." CSa 147 1 Dessa forma, os primeiros esforços das aprendizes são repelidos e, o primeiro erro arrefece de tal forma o seu interesse e ardor em aprender que elas temem fazer outra experiência e estão dispostas a costurar, fazer tricô, limpar a casa, qualquer coisa, menos cozinhar. ... CSa 147 2 As mães devem fazer-se acompanhar de suas filhas à cozinha e ensiná-las pacientemente. Sua constituição melhorará com esse trabalho; seus músculos adquirirão tono e energia, e seus pensamentos serão mais saudáveis e elevados no fim do dia. Elas poderão sentir-se cansadas, mas quão agradável é repousar após uma quantidade de trabalho apreciável. O sono, suave e restaurador do físico, revigora o corpo cansado e prepara-o para os deveres do dia seguinte. Não sugirais a vossos filhos que, trabalhem ou não, é a mesma coisa. Ensinai-lhes que sua ajuda é necessária, que o seu tempo é valioso, e que dependeis de seu trabalho. Pão prejudicial CSa 147 3 Quando fora de casa, por vezes, tenho visto que o pão que estava na mesa, e o geral da comida, me fariam mal; mas era obrigada a comer um pouco para sustentar a vida. É um pecado aos olhos do Céu ter-se tal comida. Tenho sofrido por falta da comida apropriada. Para um estômago dispéptico, podeis pôr sobre a mesa frutas de diferentes espécies, mas não muitas em uma refeição. Assim podeis ter variedades, e será apetitoso, e depois de haverdes tomado a refeição, sentir-vos-eis bem. -- Testemunhos Selectos 1:192. Mudança de regime CSa 148 1 As pessoas que condescenderam com o apetite para comer livremente carne, molhos altamente temperados, e várias espécies de substanciosos bolos e conservas, não podem imediatamente ter prazer num regime simples, saudável e nutritivo. Seu paladar está tão pervertido que não tem apetite para um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Não devem esperar que logo de início tenham prazer em alimento tão diferente daquele com que têm estado condescendendo. Se não podem, a princípio, ter prazer em alimento simples, devem jejuar até que o possam. Esse jejum se lhes demonstrará de maior benefício do que remédios, pois o abusado estômago encontrará o descanso de que há muito vinha necessitando, e a verdadeira fome pode ser satisfeita com um regime simples. CSa 148 2 Levará tempo para o paladar recuperar-se dos abusos que recebeu, e voltar ao seu tom natural. Mas a perseverança no procedimento de negação própria quanto a comer e beber logo tornará saboroso o alimento saudável, e logo será tomado com maior satisfação do que o epicureu sente com suas ricas iguarias. O estômago não está perturbado com o alimento cárneo e sobrecarregado, mas em bom estado de saúde e pode prontamente realizar a sua obra. Não deve haver nenhuma demora na reforma. Devem-se fazer esforços para preservar cuidadosamente as últimas reservas de energias vitais, removendo toda sobrecarga. O estômago pode jamais recobrar a saúde, mas um sistema apropriado de alimentação evitará que a debilidade continue; e muitos a recobrarão mais ou menos, a não ser que tenham ido longe demais em suicídios glutônicos. -- Spiritual Gifts 4:130, 131 (1864). Combinação prejudicial CSa 149 1 Agora quanto ao leite e açúcar: Sei de pessoas que ficaram atemorizadas com a reforma da saúde, e disseram que não queriam ter nada a ver com ela, por causa de falar contra o abundante uso dessas coisas. As mudanças devem ser feitas com grande cuidado; e devemos proceder cautelosa e sabiamente. Devemos seguir uma orientação que se recomende por si mesma aos homens e mulheres inteligentes da Terra. Grandes quantidades de leite e açúcar ingeridos juntos, são prejudiciais. Comunicam impurezas ao organismo. ... O açúcar abarrota o organismo. Entrava o trabalho da máquina viva. CSa 149 2 Houve um caso em Montcalm County, Michigam, ao qual me referirei. O cidadão era um homem majestoso. Media mais de um metro e oitenta e era de bela aparência. Fui chamada a visitá-lo em sua doença. Eu havia conversado anteriormente com ele a respeito de sua maneira de viver. "Não gosto da aparência de seus olhos", disse eu. Ele estava usando grande quantidade de açúcar. Perguntei-lhe por que fazia aquilo. Ele disse que havia deixado de comer carne, e que não sabia o que supriria sua falta tão bem quanto o açúcar. ... CSa 149 3 Alguns de vós enviam suas filhas, que mal atingiram a feminilidade, para a escola a fim de aprenderem as ciências antes que elas aprendam a cozinhar, quando isto deve ser considerado da maior importância. Havia uma senhora que não sabia cozinhar; ela não havia aprendido a preparar alimentos saudáveis. A esposa e mãe era deficiente neste importante ramo da educação e, como resultado, não sendo os alimentos, preparados de maneira pobre, suficientes para fazer face às exigências do organismo, era ingerido açúcar imoderadamente, o que causava uma condição enfermiça do organismo inteiro. ...* CSa 150 1 Quando fui ver o homem doente, procurei falar-lhe da melhor maneira possível como conduzir-se, e logo ele começou lentamente a melhorar. Mas usou imprudentemente suas forças não estando capacitado, comeu uma pequena quantidade de alimento, de má qualidade, e estava regredindo novamente. Dessa vez não houve nenhum auxílio para ele. Seu organismo parecia ser uma massa viva de corrupção. Ele pereceu vítima da cozinha pobre. Procurou fazer com que o açúcar suprisse a falta da boa alimentação e isto apenas tornou pior o assunto. CSa 150 2 Sento-me com freqüência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isto sobrecarrega o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. Tudo quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta diretamente o cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais prejudicial do que a carne. Alimentos sem sabor CSa 150 3 Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago o aborrece, e depois me disseram que a reforma da saúde não lhes vai bem; que estavam enfraquecendo. Aí está uma razão por que alguns não foram bem-sucedidos em seus esforços para simplificar a comida. Usam um regime sem nutrição. A comida é preparada sem capricho, e comem continuamente a mesma coisa. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas não devem todas as refeições constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia de maneira a se tornar apetecível. -- Testemunhos Selectos 1:194, 195. Regime alimentar pobre CSa 151 1 Tenho falado da importância de a quantidade e a qualidade da comida estarem em estrito acordo com as leis da saúde. Não recomendamos, todavia, um regime alimentar insuficiente. Foi-me mostrado que muitos têm uma idéia errônea da reforma da saúde, e adotam uma alimentação bem pobre. Vivem com uma qualidade de comida barata e fraca, preparada sem cuidado ou sem atenção para com a nutrição do organismo. É de importância que o alimento seja preparado com cuidado, para que o apetite, quando não pervertido, o possa saborear. Pelo fato de, por princípio, rejeitarmos carne, manteiga, pastéis de carne, especiarias, toucinho e o que irrita o estômago e destrói a saúde, não se deve dar nunca a idéia de que não tem muita importância o que comemos. CSa 151 2 Alguns há que vão a extremos. Precisam comer determinada quantidade, e apenas tal qualidade, e se limitam a duas ou três coisas. Não permitem que sejam postas diante deles e sua família para comer senão poucas coisas. Comendo pequena quantidade de alimento e este não da melhor qualidade, não põem no estômago o que é próprio para nutrir o organismo. Comida sem nutrição não pode ser convertida em sangue bom. Um regime empobrecido, empobrecerá o sangue. ... CSa 151 3 Foram-me apresentadas duas classes: Primeiro, a daqueles que não estavam vivendo de acordo com a luz que Deus lhes dera. ... Muitos de vós há que professam a verdade, que a aceitaram porque outros o fizeram, e para cuja vida não podeis dar a razão. Isto porque sois tão vacilantes como a água. Em lugar de confrontar os vossos motivos à luz da eternidade, em vez de terdes um conhecimento prático dos princípios* que encobrem todas as vossas ações, em lugar de cavar fundo para o alicerce, e construir sobre um verdadeiro fundamento, por vós mesmos, estais andando nas fagulhas acesas por outros. E falhareis nisso, assim como falhastes na reforma da saúde. Ora, se tivésseis agido de acordo com o princípio, não teríeis feito isto. CSa 152 1 Alguns não podem ser impressionados com a necessidade de comerem e beberem para a glória de Deus. A condescendência com o apetite afeta-os em todas as relações da vida. Mostra-se na família, na igreja, na reunião de oração e na conduta dos filhos. Tem sido a maldição de sua vida. Não vos é possível fazê-los compreender as verdades para estes últimos dias. Deus proveu abundantemente quanto ao sustento e a felicidade de todas as Suas criaturas; e caso Suas leis jamais fossem violadas, e todos agissem em harmonia com a vontade divina, experimentar-se-iam saúde, paz e felicidade em lugar de miséria e contínuo mal. ... CSa 152 2 Outra classe que tem sustentado a reforma da saúde são os muito severos. Eles tomam uma posição e se firmam obstinadamente nessa posição e levam quase tudo além do limite. ... CSa 152 3 Os alimentos cárneos prejudicam o sangue. Cozinhai carne com condimentos e comei-a com bolos e tortas muito substanciosos e tereis má qualidade de sangue. O organismo é demasiadamente sobrecarregado para digerir uma comida assim. Os pastéis de carne e os picles, que jamais deveriam encontrar lugar em qualquer estômago humano, proporcionarão mísera qualidade de sangue. E um alimento de qualidade pobre preparado de maneira imprópria, insuficiente na qualidade, não pode formar sangue bom. Alimentos cárneos e comidas muito substanciosas, bem como um regime pobre, produzirão os mesmos resultados. Extremos do regime alimentar CSa 153 1 Muitos dos pontos de vista mantidos pelos adventistas do sétimo dia diferem vastamente dos mantidos pelo mundo em geral. Os que advogam uma verdade impopular devem, mais que todos os outros, procurar ser coerentes em seu viver. Não devem procurar ser o mais possível diferentes dos outros, mas sim ver quanto se podem aproximar daqueles que eles desejam influenciar, a fim de que possam ajudá-los a chegar à situação que tanto prezam. Tal procedimento recomendará as verdades que sustentam. CSa 153 2 Os que advogam a reforma no regime alimentar devem, pela maneira em que provêem a sua própria mesa, apresentar sob o melhor prisma as vantagens da reforma de saúde. Devem exemplificar os seus princípios de tal modo que a recomendem ao juízo das pessoas sinceras. CSa 153 3 Existe uma classe numerosa que rejeitará qualquer movimento de reforma, por muito razoável que seja, se porventura impõe restrições ao apetite. Eles consultam o paladar, em vez da razão e das leis da saúde. Desta classe, todos os que deixam o trilho batido do costume e advogam uma reforma sofrerão oposição, e serão considerados radicais, por mais coerente que seja o seu modo de proceder. CSa 153 4 Ninguém deve, porém, permitir que a oposição ou o ridículo o afastem da obra da reforma, ou o levem a considerá-la levianamente. Quem estiver possuído do espírito que atuava em Daniel, não será estreito nem presumido, mas será firme e decidido em defender o direito. Em todas as suas associações, quer com seus irmãos quer com outros, não se desviará do princípio, enquanto ao mesmo tempo não deixará de manifestar uma paciência nobre e cristã. Se os que advogam a* reforma de saúde levam a questão a extremos, não será de admirar que o povo se aborreça. Muitas vezes nossa fé religiosa é desta maneira levada ao descrédito, e em muitos casos os que testemunham mostras de incoerência, nunca mais podem ser levados a pensar que haja na reforma qualquer coisa de bom. Esses extremistas causam, em poucos meses, mais dano do que podem desfazer em toda uma vida. Empenham-se em uma obra que Satanás se apraz em ver prosseguir. ... CSa 154 1 Pelo fato de nós, por princípio, rejeitarmos o uso dos alimentos que irritam o estômago e destroem a saúde, nem por isso devemos dar idéia que seja de pouca conseqüência o que comemos. Não recomendo um regime empobrecido. Muitos que carecem dos benefícios de um regime saudável, e por motivos de consciência adotam o que eles julgam ser assim, enganam-se supondo que um cardápio pobre, preparado sem esforço, e consistente na maior parte de mingaus e bolinhos de farinha grosseira, pesados e mal cozidos, seja um regime reformado. Alguns usam leite com grande quantidade de açúcar no mingau, julgando que estão praticando a reforma de saúde. Mas o açúcar e leite combinados são responsáveis pela produção de fermentação no estômago, sendo, pois, prejudiciais. O livre uso de açúcar em qualquer forma tende a obstruir o organismo, e não raro é causa de doença. Alguns pensam que só devem comer determinada quantidade, e de determinada qualidade, e limitar-se a duas ou três espécies de alimento. Mas comendo quantidade demasiado pequena, e não da melhor qualidade, não recebem nutrição suficiente. CSa 154 2 Há verdadeiro senso comum na reforma do regime. Nem todos podem comer as mesmas coisas. Comidas apetecíveis e sãs para uma pessoa, podem ser desagradáveis e mesmo nocivas para outra. Alguns não podem usar leite, ao passo que outros tiram bom proveito dele. Pessoas há que não conseguem digerir ervilhas e feijão; para outros, eles são saudáveis. Para uns as preparações de cereais integrais são boas, enquanto outros não as podem ingerir. Alguns estômagos se tornaram tão sensíveis que não podem fazer uso de um tipo de farinha mais grossa. Dessa forma, é impossível estabelecer uma regra invariável pela qual regulamentarmos os hábitos dietéticos de cada um. CSa 155 1 Idéias estreitas, e acentuação exagerada de pontos pequenos, têm sido grande mal para a causa da reforma da saúde. É possível esforçar-se tanto para economizar no preparo do alimento que, em vez de um regime saudável, torna-se um regime de miséria. Qual o resultado? -- Sangue pobre. Já vi vários casos de doença de cura dificílima, devidos a um regime insuficiente. As pessoas assim doentes não foram levadas pela pobreza a adotar um regime insuficiente, mas isso fizeram para executar suas idéias errôneas acerca do que constitui a reforma de saúde. Dia a dia, refeição após refeição, os mesmos pratos eram preparados, sem variação, até que resultaram em dispepsia e debilidade geral. CSa 155 2 Muitos dos que adotam a reforma alimentar se queixam de que não se dão bem com ela; depois de sentar-me à sua mesa, porém, chego à conclusão de que não é a reforma que tem a culpa, mas a comida deficientemente preparada. Apelo para homens e mulheres a quem Deus deu inteligência: Aprendam a cozinhar. Não cometo nenhum erro quando digo "homens", pois eles, da mesma maneira que as mulheres precisam compreender o preparo simples e saudável do alimento. Suas ocupações levam-nos muitas vezes a lugares onde não lhes é possível obter comida saudável. Poderão ser chamados a passar dias e até semanas entre famílias inteiramente ignorantes a este respeito. Então, caso possuam o conhecimento, poderão usá-lo bem. Analisai vossos hábitos dietéticos. Investigai da causa para o efeito, mas não deis falso testemunho contra a reforma de saúde, seguindo ignorantemente um procedimento que CSa 156 3 milita contra ela. Não negligencieis vosso corpo, nem dele abuseis, tornando incapaz de prestar a Deus aquele serviço que Lhe é devido. Estou inequivocamente certa de que alguns dos mais serviçais obreiros de nossa causa morreram em virtude desta negligência. Cuidar do corpo, provendo-lhe alimento que seja apetecível e revigorante, é um dos primeiros deveres da dona-de-casa. Muito melhor é ter roupas e mobiliário menos dispendiosos do que reduzir o suprimento necessário à mesa. CSa 156 1 A maioria das pessoas goza melhor saúde tomando duas refeições ao dia, em vez de três; outras sob as circunstâncias existentes, podem precisar de alguma comida na hora do jantar; mas esta refeição deve ser muito leve. Ninguém se julgue um critério para todos -- que cada um tenha que proceder exatamente como ele. CSa 156 2 Nunca enganeis o estômago, levando-o a proceder diferentemente daquilo que a saúde requer, e nunca dele abuseis impondo-lhe uma carga que não deve levar. Cultivai o domínio próprio. Refreai o apetite; conservai-o sob o controle da razão. Não julgueis necessário abarrotar a mesa com alimento insalubre quando tendes visitas. A saúde de vossa família e a influência sobre vossos filhos devem ser consideradas, tanto quanto os hábitos e gostos de vossos hóspedes. ... CSa 156 3 A reforma da saúde significa alguma coisa para nós, e não devemos menosprezá-la por meio de pontos de vista e práticas estreitos. Devemos ser sinceros para com nossas convicções do direito. Daniel foi abençoado por causa de sua firmeza em fazer o que sabia ser correto, e nós seremos abençoados se procurarmos honrar a Deus com inteiro propósito de coração.* Comer em excesso CSa 157 1 Muitos dos que adotaram a reforma da saúde, deixaram tudo quanto era nocivo; segue-se, porém, que pelo fato de deixarem essas coisas, podem comer tanto quanto lhes apetecer? Sentam-se à mesa e, em vez de considerar quanto lhes convém ingerir, entregam-se ao apetite, e comem excessivamente, e o estômago tem quanto lhe é possível fazer, ou o que deve fazer, para o resto do dia, afadigando-se com o fardo que lhe é imposto. Toda a comida posta no estômago, da qual o organismo não pode tirar proveito, é uma carga para a Natureza em seu trabalho. Entrava a máquina viva. O organismo fica abarrotado, e não pode com êxito levar avante sua obra. Os órgãos vitais ficam desnecessariamente sobrecarregados, e a energia nervosa do cérebro é chamada ao estômago para ajudar os órgãos digestivos no trabalho de dispor de uma quantidade de comida que não faz nenhum bem ao organismo. CSa 157 2 Assim o vigor do cérebro é diminuído com o sacar tão fortemente dele em favor do estômago com sua pesada carga. E depois de ele concluir a tarefa, quais são as sensações experimentadas em resultado desse desnecessário dispêndio de energia vital? Uma sensação de esvaimento, uma fraqueza, como se devêsseis comer mais. Talvez essa sensação sobrevenha justamente antes da hora da refeição. Qual a causa disso? A natureza afadigou-se com seu trabalho, e acha-se tão exausta em conseqüência disso, que experimentais essa sensação de esvaimento. E julgais que o estômago diz: "Mais comida", quando, em sua fraqueza, ele está dizendo distintamente: "Dai-me repouso."* O estômago necessita de descanso CSa 158 1 O estômago necessita de descanso para refazer as exaustas energias para outro trabalho. Mas em vez de lhe conceder qualquer período de sossego, pensais que ele precisa de mais comida, e amontoais outra carga sobre a natureza, negando-lhe o necessário descanso. É como um homem que trabalha no campo durante todo o período da manhã, até estar cansado. Ele entra ao meio-dia, e diz que está cansado e exausto; mas dizei-lhe que vá trabalhar novamente, que achará descanso. É assim que tratais vosso estômago. Ele se acha de todo cansado. Em vez, porém, de dar-lhe repouso, dais-lhe mais comida, e depois chamais a vitalidade de outras partes do organismo para o ajudar no trabalho da digestão. CSa 158 2 Muitos de vós tendes às vezes sentido um entorpecimento no cérebro. Sentiste-vos desanimados de pegar qualquer trabalho que exigiu esforço seja mental ou físico, até que tivésseis repousado da sensação de fardo imposto sobre vosso organismo. Depois há, novamente, esta sensação de fraqueza. Dizeis, porém, que é a falta de mais alimento, e colocais uma carga dupla no estômago para que ele cuide dela. Mesmo que sejais cuidadosos no que se refere à qualidade de vosso alimento, glorificais a Deus no vosso corpo e espírito, os quais Lhe pertencem, comendo essa quantidade de alimento? Os que colocam tanto alimento no estômago, sobrecarregando assim a natureza, não poderiam apreciar a verdade se a ouvissem. Não poderiam eles despertar as entorpecidas sensibilidades do cérebro para compreender o valor da expiação e o grande sacrifício feito pelo homem caído. É-lhe impossível apreciar a grande, preciosa e extraordinariamente rica recompensa que está reservada para os fiéis vencedores. Jamais se deve permitir que a parte animal de nossa natureza governe a moral e intelectual. CSa 159 1 E que influência exerce o comer em excesso sobre o estômago? Este se torna debilitado, os órgãos digestivos são enfraquecidos e, como resultado, surge a doença com todo o seu cortejo de males. Se as pessoas já eram doentes, aumentam elas dessa forma as dificuldades sobre si, e diminuem sua vitalidade cada dia que vivem. Convocam suas energias vitais para a desnecessária atividade de cuidar do alimento que colocam no estômago. Mães atarefadas CSa 159 2 Grande quantidade de trabalho árduo é desempenhado para conseguir para suas mesas alimentos que prejudicam grandemente o já sobrecarregado organismo. As senhoras gastam grande parte do seu tempo ao pé de um fogão quente, preparando alimentos altamente condimentados, para agradar o paladar. Em conseqüência, as crianças são negligenciadas e não recebem instrução moral e religiosa. A atarefada mãe negligencia cultivar a brandura do temperamento, que é a luz solar da casa. Os assuntos eternos tornam-se secundários. Todo o tempo tem que ser empregado no preparo dessas coisas para o apetite que arruína a saúde, irrita o temperamento e entorpece as faculdades da razão. CSa 159 3 A reforma no regime alimentar seria uma poupança em gastos e trabalho. Podem ser facilmente supridas as necessidades de uma família que se satisfaça com um regime simples e saudável. Os alimentos requintados destroem os órgãos do corpo e a mente. E quanto trabalho árduo para executar isto! -- Spiritual Gifts 4:131, 132 (1864).* A glutonaria um pecado CSa 160 1 É pecado ser intemperante na quantidade de alimento ingerido, mesmo que a qualidade seja recomendável. Muitos acham que por não usarem alimento cárneo e os artigos alimentares mais finos, podem comer do alimento simples até não mais terem vontade. Isto é um engano. Muitos professos reformadores da saúde não são mais do que glutões. Põem eles sobre os órgãos digestivos um fardo tão grande que a vitalidade do organismo é consumida no esforço para dele desfazer-se. Exerce ele também uma influência depressiva sobre o intelecto, pois a energia nervosa do cérebro é requerida para auxiliar o estômago em seu trabalho. Comer em excesso, mesmo do alimento mais simples, embota a sensibilidade dos nervos do cérebro e enfraquece sua vitalidade. O comer em excesso exerce um efeito mais prejudicial sobre o organismo do que o trabalho excessivo; as energias da alma são mais efetivamente prostradas pelo comer intemperante do que pela intemperança no trabalho. CSa 160 2 Os órgãos digestivos jamais devem ser sobrecarregados com uma quantidade ou qualidade de alimento que exija esforço do organismo para dela apropriar-se. Tudo aquilo que é colocado no estômago, além do que o organismo pode utilizar para transformar em bom sangue, atravanca a maquinaria, pois não pode ser tornado quer em carne quer em sangue, e sua presença sobrecarrega o fígado e produz uma condição mórbida do organismo. O estômago trabalha demais em seu esforço para utilizá-lo, e há então uma sensação de langor que é interpretada como sendo fome, e, sem dar tempo aos órgãos digestivos para repousarem de seu intenso labor e renovar suas energias, outra quantidade imoderada de alimento é colocada no estômago, pondo o cansado maquinismo de novo em movimento. O organismo recebe menos alimento de tão grande* quantidade de comida, mesmo de devida qualidade, do que de uma quantidade menor, tomada em períodos regulares. ... CSa 161 1 É impossível ter clara concepção das coisas eternas a menos que a mente seja treinada a demorar-se sobre temas elevados. Todas as paixões devem ser trazidas em perfeita sujeição às faculdades morais. Quando homens e mulheres professam fé vigorosa e espiritualidade zelosa, sei que sua profissão é falsa se eles não têm posto todas as suas paixões sob controle. Deus pede isto. A razão pela qual tais trevas espirituais prevalecem é que a mente se satisfaz em seguir um baixo nível e não é dirigida para o alto, em um canal celestial puro e santo. -- Testimonies for the Church 2:374. Evitai as falsas normas CSa 161 2 Ao passo que vos desejaríamos advertir a não comer em excesso, mesmo da melhor qualidade de comida, quereríamos também advertir aos que são extremistas a não erguerem uma falsa norma, e depois se esforçarem por levar toda a gente a segui-la. Alguns há que se estão iniciando como reformadores da saúde, e que não estão habilitados a se empenharem em nenhum outro empreendimento, e não possuem senso suficiente para cuidar da própria família, ou manter o próprio lugar na igreja. E que fazem eles? Ora, eles se arvoram em médicos da reforma da saúde, como se pudessem fazer disto um sucesso. Assumem as responsabilidades de sua prática, e tomam nas mãos a vida de homens e mulheres, quando na verdade nada sabem do assunto. -- Testemunhos Selectos 1:192, 193. ------------------------Seção 4 -- A vida ao ar livre e a atividade física O exemplo de Cristo CSa 162 1 A vida do Salvador na Terra foi de comunhão com a Natureza e com Deus. Nessa comunhão revelou-nos Ele o segredo de uma vida de poder. ... Trabalhando no banco de carpinteiro, desempenhando-Se das responsabilidades da vida doméstica, aprendendo as lições da obediência e da labuta, encontrava recreação entre as cenas da Natureza, colhendo conhecimento enquanto buscava compreender os mistérios dessa Natureza. Estudava a Palavra de Deus, e as horas de maior felicidade para Ele eram aquelas em que Se podia afastar do cenário de seus labores e ir para o campo a meditar nos quietos vales, a entreter a comunhão com Deus na encosta da montanha, ou entre as árvores da floresta. O alvorecer encontrava-O muitas vezes em algum lugar retirado, meditando, examinado as Escrituras, ou em oração. Com cânticos saudava a luz matinal. Com hinos de gratidão alegrava Suas horas de labor, e levava a alegria celeste ao cansado e ao abatido. CSa 162 2 Durante Seu ministério Jesus viveu em grande parte ao ar livre. Suas jornadas de um lugar para outro eram feitas a pé, e muito de Seu ensino foi ministrado ao ar livre também. Ao preparar os discípulos Ele Se retirava muitas vezes da confusão da cidade para um lugar tranqüilo nos campos, como mais em harmonia com as lições de simplicidade, e fé e abnegação que lhes desejava ministrar. ... CSa 162 3 Cristo gostava de reunir o povo em torno de Si sob o azul* dos céus, numa relvosa encosta, ou à margem de um lago. Ali, rodeado das obras por Ele próprio criadas, era-Lhe possível atrair-lhes a atenção das coisas artificiais para as naturais. No crescimento e desenvolvimento da Natureza, eram revelados os princípios de Seu reino. Ao erguerem os homens o olhar para os montes de Deus, e contemplarem as maravilhosas obras de Sua mão, podiam aprender preciosas lições de verdade divina. Nos dias futuros as lições do divino Mestre ser-lhes-iam assim repetidas pelas coisas da Natureza. O espírito seria levantado, e o coração encontraria descanso. ... CSa 163 1 Quando Jesus disse aos discípulos que a seara era grande, e poucos os obreiros, não insistiu quanto à necessidade de incessante lida, mas disse-lhes: "Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para Sua seara." A Seus esgotados obreiros de hoje, da mesma maneira que aos primeiros discípulos, dirige Ele estas palavras de compaixão: "Vinde vós aqui à parte, ... e repousai um pouco." CSa 163 2 Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranqüila para comunhão com o próprio coração, com a Natureza e com Deus. Quando todas as outras vozes silenciam e, em quietação, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." Este é o preparo eficaz para todo trabalho feito para o Senhor. Entre o vaivém da multidão, e a tensão das intensas atividades da vida, aquele que é assim refrigerado, será circundado de uma atmosfera de luz e paz. Receberá nova doação de resistência física e poder divino que tocarão o coração dos homens. A natureza um compêndio CSa 164 1 Assim ensinava Cristo a Seus discípulos, junto ao lago, na encosta das montanhas, nos campos e nos bosques, onde podiam contemplar as obras da Natureza, com as quais ilustrava Seus ensinos. Aprendendo então de Cristo, utilizavam o conhecimento recebido, tornando-se coobreiros em Seu trabalho. CSa 164 2 Assim, pela criação, devemos conhecer o Criador. O livro da Natureza é um grande compêndio que devemos usar em conexão com as Sagradas Escrituras, para ensinar a outros sobre Seu caráter e reconduzir ovelhas perdidas ao redil de Deus. Ao estudarmos as obras de Deus, o Espírito Santo faz raiar convicção na mente. Não é a convicção que o raciocínio lógico produz; mas, a não ser que a mente se tenha tornado obscurecida demais, para reconhecer a Deus, os olhos turvos demais para vê-Lo, os ouvidos surdos demais para ouvir-Lhe a voz, uma significação mais profunda é apreendida, e as sublimes verdades espirituais da Palavra escrita são gravadas no coração. CSa 164 3 Nesses ensinos tirados diretamente da Natureza há uma simplicidade e candura que lhes emprestam o maior valor. Todos necessitam das lições oriundas dessa fonte. Em si mesmo o encanto da Natureza desvia a alma, do pecado e das atrações mundanas, para a pureza, para a paz e para Deus. Muito freqüentemente se enche a mente dos estudantes de teorias e especulações humanas, falsamente chamadas ciência e filosofia. Devem eles ser postos em íntimo contato com a Natureza. Aprendam que a criação e o cristianismo têm um único Deus. Sejam ensinados a ver a harmonia do natural com o espiritual. Tudo quanto os seu olhos contemplam ou as mãos manuseiam lhes sirva de ensino na formação do caráter. Desta* maneira as faculdades mentais são fortalecidas, desenvolvido o caráter e toda a vida enobrecida. CSa 165 1 O propósito de Cristo no ensino por parábolas e o propósito do sábado são o mesmo. Deus deu aos homens o memorial de Seu poder criador para que O discernissem nas obras de Suas mãos. O sábado convida-nos a contemplar, nas obras criadas, a glória do Criador. Por desejar Jesus que assim fizéssemos, foi que envolveu as Suas preciosas lições com a beleza das coisas naturais. Mais do que em qualquer outro dia, devemos, no santo dia de descanso, estudar as mensagens que Deus para nós escreveu na Natureza. Devemos estudar as parábolas do Salvador onde Ele as pronunciou, nos campos e prados, sob céu aberto, entre a relva e as flores. À medida que penetramos no seio da Natureza, Cristo nos torna real a Sua presença, e nos fala ao coração de Sua paz e amor. CSa 165 2 Não ligou Cristo Seus ensinos somente com o dia de repouso, mas com a semana de trabalho. Ele tem sabedoria para aquele que guia o arado e espalha a semente. ... Deseja que em cada ramo de trabalho útil e em cada associação da vida achemos uma lição da verdade divina. Então nossa faina cotidiana não mais nos absorverá a atenção para nos levar a esquecer de Deus; continuamente nos lembrará o Criador e Redentor. O pensamento em Deus, qual fio de ouro, passará entretecido em todos os nossos cuidados e ocupações domésticas. Para nós, a glória do Seu semblante repousará novamente na face da Natureza. Estaremos aprendendo novas lições de verdades celestiais e crescendo à semelhança de Sua pureza. E desta maneira seremos ensinados pelo Senhor; e, no estado em que somos chamados, ficaremos "diante de Deus".* No campo CSa 166 1 Enquanto assistia às reuniões campais de Los Angeles em Agosto de 1901, estive, em visões da noite, em uma reunião conciliar. O assunto discutido era o estabelecimento de um sanatório no sul da Califórnia. Insistiam alguns em que o sanatório devia ser construído na cidade de Los Angeles, e eram apresentadas as objeções para o estabelecimento fora da cidade. Outros falavam das vantagens de um estabelecimento rural. CSa 166 2 Havia Alguém entre nós que apresentou este assunto muito claramente e com a maior simplicidade. Disse-nos que seria um erro estabelecer um sanatório dentro dos limites da cidade. Um sanatório deve ter a vantagem da provisão da terra, de maneira que os doentes possam trabalhar ao ar livre. Para os doentes dos nervos, nostálgicos e débeis o trabalho ao ar livre é inestimável. Permiti-lhes cuidar de jardins. No uso do ancinho, da enxada e da pá, encontrarão eles alívio de muitos dos seus males. A ociosidade é a causa de muitas doenças. CSa 166 3 A vida ao ar livre é boa para o corpo e a mente. É o remédio divino para a restauração da saúde. Ar puro, água potável, luz solar, as circunjacentes belezas da Natureza -- são os Seus meios de restaurar o doente à saúde por processos naturais. Para o doente vale mais do que prata ou ouro estar à luz do Sol ou à sombra das árvores. CSa 166 4 No campo nossos sanatórios podem ser rodeados por flores e árvores, pomares e vinhas. Aí é fácil aos médicos e enfermeiras extraírem das coisas da Natureza lições que falem de Deus. Dirijam eles os pacientes para Aquele cujas mãos* fizeram as altaneiras árvores, e relva que brota e as belas flores, encorajando-os a ver em cada botão que desabrocha e flor que viceja uma demonstração de Seu amor para com Seus filhos. CSa 167 1 É expressa vontade de Deus que os nossos hospitais sejam estabelecidos tão distantes das cidades quanto o mande a coerência. Tanto quanto possível, essas instituições devem estar situadas em lugares quietos e retirados onde seja oferecido oportunidade de dar aos pacientes instruções a respeito do amor de Deus e do lar edênico de nossos primeiros pais, o qual, por meio do sangue de Cristo, deve ser restaurado ao homem. CSa 167 2 No esforço envidado para restaurar o doente à saúde, deve-se fazer uso das coisas belas da criação de Deus. O olhar as flores, colher os frutos maduros, escutar o alegre canto dos pássaros exerce um efeito estimulante peculiar sobre o sistema nervoso. Da vida ao ar livre adquirem os homens, mulheres e crianças e desejo de ser puros e inocentes. Mediante a influência das propriedades reanimadoras, revivificantes e comunicadoras de vida dos grandes recursos medicinais da Natureza, as funções do corpo são fortalecidas, avivado o intelecto, a imaginação despertada, animado o espírito e a mente preparada para apreciar a beleza da Palavra de Deus. CSa 167 3 Sob essas influências, combinadas com a influência do tratamento cuidadoso e o alimento saudável, o doente encontra a saúde. O passo vacilante recobra a sua elasticidade. Adquirem novamente os olhos o seu brilho. O desesperado torna-se esperançoso. Aquele que outrora apresentava um semblante abatido, mostra agora uma expressão de alegria. Os lamentosos tons da voz cedem lugar aos tons de contentamento. As palavras expressam a convicção: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza; socorro bem presente na angústia." Salmos 46:1. A empanada esperança do cristão torna-se iluminada. A fé retorna. São ouvidas as palavras: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua vara e o Teu cajado me consolam." "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador." "Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor." Salmos 23:4; Lucas 1:46, 47; Isaías 40:29. O reconhecimento da bondade de Deus em prover essas bênçãos revigora a mente. Deus Se acha muito próximo e Se sente satisfeito ao ver Seus dons apreciados. A fonte da cura CSa 168 1 Por intermédio dos agentes naturais, Deus está operando dia a dia, hora a hora, momento a momento, para nos conservar em vida, desenvolver-nos e restaurar-nos. Quando qualquer parte do corpo sofre um dano, principia imediatamente um processo de cura; os agentes da Natureza põem-se em operação para restaurar a saúde. Mas o poder que opera por seu intermédio é o poder de Deus. Todo poder comunicador de vida tem nEle sua origem. Quando alguém se restabelece de uma enfermidade, é Deus que o restaura. CSa 168 2 Doença, sofrimento e morte são obra de um poder antagônico. Satanás é o destruidor; Deus, o restaurador. CSa 168 3 As palavras dirigidas a Israel verificam-se hoje naqueles que recuperam a saúde do corpo ou da alma. "Eu sou o Senhor que te sara." CSa 168 4 O desejo de Deus para com toda criatura humana, exprime-se nas palavras: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai à tua alma." CSa 168 5 "É Ele que perdoa todas as tuas iniqüidades, e sara todas as suas enfermidades; que redime a tua vida da perdição, e te coroa de benignidade e de misericórdia". -- A Ciência do Bom Viver, 112, 113 (1905). O valor da vida ao ar livre CSa 169 1 As grandes instituições médicas de nossas cidades, chamadas sanatórios, não fazem senão uma parcela mínima do bem que poderiam fazer estivessem elas situadas onde os pacientes pudessem ter as vantagens da vida ao ar livre. Fui instruída no sentido de que os sanatórios devem ser estabelecidos em muitos lugares pelo campo, e de que a obra dessas instituições fará avançar grandemente a causa da saúde e da justiça. CSa 169 2 As coisas da Natureza são bênçãos de Deus, providas para comunicar saúde ao corpo, à mente e à alma. São elas dadas aos sãos, para conservá-los com boa saúde, e aos doentes para torná-los sãos. Associadas ao tratamento por água, são elas mais eficazes no restabelecimento da saúde do que toda a medicação de droga do mundo. A natureza, o médico divino CSa 169 3 No campo encontra o doente muitas coisas para desviar-lhe a atenção de si mesmo e de seus sofrimentos. Por toda parte podem eles considerar e apreciar as belas coisas da Natureza -- as flores, os campos, as árvores frutíferas carregadas de seus ricos tesouros, as árvores da floresta a projetarem sua agradável sombra, e as colinas e vales com sua variada vegetação e suas muitas formas de vida. CSa 169 4 E não somente são eles atraídos por esse ambiente, mas aprendem ao mesmo tempo lições espirituais muito preciosas. Rodeadas pelas maravilhosas obras de Deus, sua mente é levada das coisas que são vistas para as que se não vêem. A beleza da Natureza leva-os a pensar nos encantos sem igual da Nova Terra, na qual nada haverá a estragar-lhe a beleza,* nada a macular ou destruir, coisa alguma a causar doença ou morte. CSa 170 1 A Natureza é o médico divino. O ar puro, a alegre luz solar, as belas flores e árvores, os belos pomares e vinhas e o exercício ao ar livre em meio desse ambiente, são transmissores de saúde -- o elixir da vida. A vida ao ar livre é o único remédio de que muitos doentes necessitam. Sua influência é poderosa na cura das doenças causadas pela vida social, vida que debilita e destrói as energias físicas, mentais e espirituais. CSa 170 2 Quão agradáveis aos enfermos deprimidos, acostumados à vida da cidade, ao clarão de muitas luzes e ao ruído das ruas são a quietude e liberdade do campo! Com que ansiedade se volvem para as cenas da Natureza! Quão satisfeitos se sentirão eles pelas vantagens de um sanatório no campo, onde possam sentar-se sob céu aberto, deleitar-se com a luz solar e respirar a fragrância das árvores e flores! Há propriedades que comunicam vida no bálsamo do pinheiro, na fragrância do cedro e do abeto. E há outras árvores que são promotoras de saúde. Não permitais que estas árvores sejam impiedosamente derrubadas. Tratai-as com carinho onde elas existirem em abundância, e plantai mais onde há poucas. CSa 170 3 Para o doente crônico, nada contribui tanto para restaurar a saúde e a felicidade, como viver em meio ao atrativo ambiente do campo. Pode-se deixar sentar ou deitar aí o mais fraco enfermo, à luz do Sol ou à sombra das árvores. É-lhes necessário apenas erguer os olhos e ver ao alto a bela folhagem. Maravilham-se eles de que jamais tenham observado quão graciosamente a curvatura dos galhos, que formam um pálio vivo por sobre si, dá-lhes exatamente a sombra de que necessitam. Uma doce sensação de repouso e refrigério lhes sobrevém ao prestarem eles atenção à murmurante brisa. Os espíritos abatidos revivem. A energia exangue é renovada. Sem perceber, a mente torna-se calma, o acelerado pulso mais lento e regular. Quando os doentes ficam mais fortes, aventuram-se eles a darem alguns passos para colher algumas das mais belas flores -- preciosos mensageiros do amor de Deus à Sua família aflita aqui embaixo. Os exercícios salutares operarão milagres CSa 171 1 Animai os pacientes a estarem mais ao ar livre. Fazei planos para conservá-los fora de casa, onde, através da Natureza, possam comungar com Deus. Localizai os sanatórios em extensos tratos de terra, onde os doentes possam ter, no cultivo do solo, oportunidade para exercício salutar ao ar livre. Esse exercício, de parceria com o tratamento da saúde, operará milagres na restauração e revigoramento do corpo enfermo, e em refrigerar a exausta e fatigada mente. Em meio de condições tão favoráveis os pacientes não exigirão tanto cuidado, quanto se confinados em um sanatório na cidade. Nem estarão eles no campo tão inclinados a descontentamento e queixa. Estarão prontos a aprender as lições relacionadas com o amor de Deus -- prontos a entender que Aquele que cuida tão maravilhosamente dos pássaros e das flores, cuidará das criaturas formadas à Sua própria imagem. Assim é dada aos médicos e auxiliares oportunidade de alcançar-lhes a alma, enaltecendo o Deus da Natureza diante daqueles que estão buscando restauração para a saúde. Um pequeno hospital rural CSa 171 2 Durante a noite foi-me dada uma visão de um sanatório do campo. A instituição não era grande, mas era completa. Estava rodeada por belas árvores e arbustos, além dos quais havia pomares e bosques. Ligado com o local havia jardins nos quais as senhoras enfermas, quando achassem conveniente, podiam cultivar toda sorte de flores, selecionando cada paciente um canteiro para dele cuidar. O exercício ao ar livre era, nestes jardins, prescrito como uma parte do tratamento regular. CSa 172 1 Cena após cena passava perante mim. Em uma delas vários pacientes sofredores haviam vindo justamente para um de nossos hospitais de campo. Noutra cena vi o mesmo grupo, mas, oh! quão transformada era a sua aparência! A doença desaparecera, a pele estava limpa e o semblante alegre; corpo e mente pareciam animados com nova vida. Lições objetivas vivas CSa 172 2 Fui também instruída no sentido de que, quando aqueles que estão doentes são restaurados à saúde em nossos hospitais de campo, e voltam a seus lares, tornam-se eles lições objetivas vivas, e muitos outros serão impressionados favoravelmente pela transformação neles ocorrida. Muitos doentes e sofredores virão das cidades para o campo, recusando conformarem-se com os hábitos, costumes e maneiras da vida da cidade; procurarão eles reaver a saúde em algum dos nossos sanatórios do campo. Dessa forma, embora estejamos distantes das cidades trinta ou quarenta quilômetros, seremos capazes de alcançar o povo, e aqueles que desejam a saúde terão oportunidade de reavê-la sob as condições mais favoráveis. CSa 172 3 Deus operará maravilhas por nós se, com fé, cooperarmos com Ele. Procuremos, então, adotar um procedimento sensível, para que nossos esforços possam ser abençoados pelo Céu e coroados de êxito.* Exercício, ar e luz solar CSa 173 1 A principal, se não a única razão por que muitos se tornam doentes é que o sangue não circula livremente, e as mudanças no fluido vital, necessárias à vida e à saúde, não ocorrem. Não exercitavam eles o corpo nem alimentavam os pulmões com o ar puro e fresco; por esse motivo, é impossível ao sangue ser vitalizado, e ele segue o seu curso vagarosamente através do organismo. Quanto mais exercício fizermos, tanto melhor será a circulação do sangue. CSa 173 2 Mais pessoas morrem por falta de exercício do que por excesso de cansaço; muitos, mais por excesso de ociosidade, do que de atividade. Os que se acostumam a exercícios apropriados ao ar livre, têm, geralmente, uma circulação boa e vigorosa. Dependemos mais do ar que respiramos do que do alimento que ingerimos. Homens e mulheres, jovens e velhos que desejam saúde, e que apreciariam a vida ativa, devem lembrar-se de que não poderão obter isto sem uma boa circulação. Sejam quais forem as suas ocupações e tendências, devem eles preparar a mente para exercício ao ar livre, tanto quanto possível. Devem considerar um sagrado dever superar as condições de saúde que os têm mantido confinados dentro de casa, privados do exercício ao ar livre. CSa 173 3 Alguns doentes tornam-se obstinados a esse respeito e recusam ser convencidos da grande importância do exercício diário ao ar livre, por meio do qual podem obter um suprimento de ar puro. Por temerem apanhar resfriado persistem eles, ano após ano, em seguir o seu próprio caminho e viver em uma atmosfera quase destituída de vitalidade. É impossível a esta classe ter boa circulação. Seu organismo inteiro sofre por* necessidade de exercício e ar puro. A pele torna-se debilitada e mais sensível a qualquer mudança na atmosfera. Usam-se agasalhos adicionais, e a temperatura do quarto é aumentada. No dia seguinte exigem eles um pouco mais de calor e um pouco mais de agasalho, a fim de sentirem-se perfeitamente aquecidos; e assim condescendem com cada desejo de mudar até não possuírem senão pouca resistência para enfrentar qualquer resfriado. CSa 174 1 Alguns podem perguntar: "Que devemos fazer? Quereis que permaneçamos resfriados?" Se usardes mais agasalhos, que estes não sejam muitos, e fazei exercício, se possível, para conseguirdes o calor de que necessitais. Se realmente não podeis empenhar-vos em exercício ativo, aquecei-vos por meio do fogo; mas assim que estiverdes aquecidos, ponde de lado o vosso agasalho extra e retirai-vos de perto do fogo. Se aqueles que podem, se empenhassem em algum trabalho ativo para desviarem a mente de si mesmos, eles se esqueceriam de que estavam com frio, e não sofreriam dano. Deveis diminuir mais a temperatura de vossos quartos assim que tiverdes conseguido o calor natural. Para os doentes que estão com os pulmões fracos, nada pode ser pior do que uma atmosfera surper-aquecida. O plano original CSa 174 2 Não era propósito de Deus que Seu povo se aglomerasse nas cidades, amontoados uns com os outros em terraços e apartamentos. No início colocou Ele os nossos primeiros pais em um jardim, em meio das belas cenas e atrativos sons da Natureza, e deseja que essas cenas e sons alegrem os homens hoje. Quanto mais intimamente estivermos em harmonia com o plano original de Deus, tanto mais favorável será a nossa posição para o restabelecimento e preservação da saúde. -- Testimonies for the Church 7:87 (1902). Rigoroso confinamento na escola CSa 175 1 O sistema de educação mantido por gerações atrás, tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitas crianças têm passado cinco horas por dia em salas de aula mal ventiladas, sem suficiente largueza para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica em breve envenenado para os pulmões que o inalam. CSa 175 2 Crianças pequenas, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido têm sido conservadas portas a dentro, para dano seu. Muitas não têm senão escassa reserva com que começar a vida, e o confinamento na escola dia a dia, torna-as nervosas e doentes. Seu corpo é impedido de crescer em virtude da exausta condição de seu sistema nervoso. E se a lâmpada da vida se apaga, os pais e os mestres não consideram haver tido qualquer direta influência em extinguir a centelha de vida. CSa 175 3 Ao acharem-se ao pé da sepultura dos filhos, os aflitos pais consideram esse golpe como especial determinação da Providência, quando, por indesculpável ignorância, foi sua própria orientação que destruiu a vida dos filhos. Culpar, pois, a Providência por tais mortes é blasfêmia. Deus queria que os pequeninos vivessem e fossem disciplinados, a fim de poderem possuir belo caráter, glorificando-O neste mundo e louvando-O naquele outro melhor. Ignorância dos reclamos da natureza CSa 175 4 Os pais e os professores, ao assumirem a responsabilidade de instruir essas crianças, não sentem a obrigação diante de Deus de conhecer o organismo físico, para que possam cuidar do* corpo de seus filhos e alunos de maneira a preservar a vida e a saúde. Milhares de crianças morrem em resultado da ignorância dos pais e professores. As mães gastam horas e horas em trabalho desnecessário relacionado com as suas próprias vestes e as de seus filhos, a fim de exibi-los, e alegam então que não dispõem de tempo para ler e obter a informação necessária para zelar da saúde de seus filhos. Acham mais fácil confiar o seu corpo aos cuidados dos médicos. Muitos pais sacrificaram a saúde e a vida dos filhos a fim de acompanhar a moda e os costumes. CSa 176 1 Relacionar-se com o maravilhoso organismo humano, os nervos, os músculos, o estômago, o fígado, os intestinos, coração e poros da pele, e compreender a dependência de um órgão para com outro no que respeita ao saudável funcionamento de todos, é assunto em que a maior parte das mães não tem nenhum interesse. Nada sabem da influência do corpo sobre a mente, e desta sobre o corpo. A mente, que liga o finito ao Infinito, elas parecem não compreender. Todo órgão do corpo foi feito para servo da mente. Esta é a capital do corpo. CSa 176 2 Permite-se às crianças comer carne, especiarias, manteiga, queijo, porco, massas muito temperadas, e condimentos em geral. É-lhes também permitido comer alimentos insalubres a horas irregulares e entre as refeições. Essas coisas fazem sua obra em desarranjar o estômago, excitando os nervos a uma ação fora do natural, e enfraquecendo o intelecto. Os pais não compreendem que estão lançando a semente que há de produzir doença e morte. Crianças prejudicadas por estudarem demais CSa 176 3 Muitas crianças foram arruinadas para a vida em razão de se exigir demais do intelecto e negligenciar o fortalecimento das faculdades físicas. Muitos têm morrido na infância devido ao procedimento seguido por pais e professores imprudentes, que forçaram o jovem intelecto, por lisonja ou temor, quando essas crianças eram demasiado tenras para verem o interior de uma escola. A mente foi-lhes sobrecarregada com lições quando não deviam ser forçadas, antes contidas até que a constituição física estivesse suficientemente forte para suportar esforço mental. As criancinhas devem ser deixadas tão livres como cordeiros e correr ao ar livre, soltas e felizes, dando-se-lhes as melhores oportunidades de lançarem bases para uma constituição sadia. CSa 177 1 Os pais devem ser os únicos mestres dos filhos até que eles cheguem à idade de oito ou dez anos. Assim que a mente lhes permita compreendê-lo, cumpre aos pais abrir diante deles o grande livro divino da Natureza. A mãe deve ter menos amor pelo artificial em casa no preparo de vestidos para ostentação, e tomar tempo para cultivar, em si mesma e em seus filhos, o amor dos belos botões e flores a desabrochar. Chamando a atenção dos filhos às diferentes cores e variadas formas, pode relacioná-los com Deus, que fez todas as belas coisas que os atraem e deliciam. Pode elevar-lhes a mente ao Criador, e despertar nos tenros corações a afeição para com o Pai celeste, que manifestou por eles tão grande amor. Os pais podem associar Deus com todas as obras de Sua criação. A única sala de aula para as crianças de oito a dez anos, deve ser ao ar livre, entre as flores a desabrochar e os belos cenários da Natureza, sendo para elas o livro de estudo mais familiar os tesouros da mesma Natureza. Estas lições, gravadas na mente das tenras crianças por entre as agradáveis e atrativas cenas campestres, jamais serão esquecidas. CSa 177 2 Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e bem desenvolvidos músculos e cérebro, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham bem regulada ocupação e recreio. As crianças e os jovens mantidos na escola e presos aos livros, não podem gozar sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tem a tendência de atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com muito pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se os seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. Método mais simples CSa 178 1 A volta aos métodos mais simples será apreciada pelas crianças e jovens. O trabalho na horta e no campo será uma mudança agradável na rotina tediosa das lições abstratas a que nunca deveriam circunscrever-se as mentes juvenis. À criança nervosa, ou ao jovem nervoso, que acha cansativas e difíceis de lembrar as lições do livro, será isto especialmente valioso. Há para esses saúde e felicidade no estudo da Natureza; e as impressões produzidas não se lhes dissiparão da mente, pois estarão associadas com os objetivos que se acham continuamente diante de seus olhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 168. Um melhor equilíbrio entre o trabalho físico e o mental CSa 179 1 Todas as faculdades da mente deve ser postas em uso e desenvolvidas, a fim de que os homens e as mulheres tenham uma mente bem equilibrada. O mundo está cheio de homens e mulheres unilaterais, que ficaram assim porque uma parte de suas faculdades foi cultivada, ao passo que outras foram diminuídas pela inação. A educação da maioria dos jovens é um fracasso. Estudam em demasia, ao passo que negligenciam o que diz respeito à vida prática. Homens e mulheres tornam-se pais e mães sem considerar suas responsabilidades, e sua prole desce mais baixo do que eles na escala da deficiência humana. Deste modo a espécie degenera rapidamente. A aplicação constante ao estudo, segundo a maneira em que as escolas são agora dirigidas, está incapacitando a juventude para a vida prática. A mente humana quer ter atividade. Se não estiver ativa na direção própria, o estará no sentido errôneo. A fim de conservá-la em equilíbrio, o trabalho e o estudo devem estar unidos nas escolas. CSa 179 2 Deveriam ter sido tomadas providências nas gerações passadas para uma obra educacional em maior escala. Relacionados com as escolas, deveria ter havido estabelecimentos agrícolas e industriais, como também professores de trabalhos domésticos; e uma parte do tempo diário deveria ter sido dedicada ao trabalho, de modo que as faculdades físicas e mentais pudessem exercitar-se igualmente. Se as escolas se houvessem estabelecido de acordo com o plano que mencionamos, não haveria agora tantas mentes desequilibradas. ... CSa 179 3 Sou levada a perguntar: Deve-se sacrificar tudo o que é valioso em nossos jovens a fim de dar-lhes uma educação colegial? Se tivesse havido estabelecimentos agrícolas e industriais* ligados a nossas escolas, e se houvessem sido empregados professores competentes para educar os jovens nos diversos ramos de estudo e de trabalho, dedicando parte do tempo diário ao aperfeiçoamento mental e outra parte do trabalho físico, haveria agora uma classe mais elevada de jovens a entrar no palco da ação e a exercer influência na modelação da sociedade. Muitos dos jovens que se graduassem em tais instituições sairiam de lá com estabilidade de caráter. Teriam perseverança, fortaleza e coragem para sobrepor-se aos obstáculos, e nobres princípios que não os deixariam ser desviados por más influências, por mais populares que fossem. ... CSa 180 1 As moças deveriam ter aprendido a confeccionar roupas, a cortar, fazer e consertar artigos de vestuário, instruindo-se assim nos deveres práticos da vida. Deveria haver estabelecimentos em que os jovens pudessem aprender diversos ofícios, que pusessem em atividade tanto os músculos como as faculdades mentais. Se os jovens não podem adquirir mais que uma educação unilateral, qual é mais importante: o conhecimento das ciências, com todas as suas desvantagens para a saúde e a vida, ou a aprendizagem do trabalho para a vida prática? Respondemos sem titubear: O último. Se um deles tiver de ser abandonado que seja o estudo dos livros. CSa 180 2 Há muitas jovens mulheres casadas e com filhos, que possuem bem pouco conhecimento prático dos deveres pertinentes a uma esposa e mãe. Lêem e sabem tocar um instrumento musical, mas não sabem cozinhar. Não sabem fazer um bom pão, tão essencial para a saúde da família. Não sabem cortar e confeccionar vestidos, pois nunca aprenderam a fazê-lo. Consideravam estas coisas sem importância, e em sua vida de casadas dependem tanto de alguma outra pessoa que realize estas coisas para elas, como seus próprios filhinhos. É esta indesculpável ignorância no tocante aos deveres mais imprescindíveis da vida que torna infelizes a muitíssimas famílias. CSa 181 1 O conceito de que o trabalho é degradante para a vida social levou para a sepultura a milhares que poderiam haver vivido. Os que fazem unicamente trabalho manual, labutam com freqüência em excesso, sem períodos de descanso; ao passo que a classe intelectual sobrecarrega o cérebro e sofre por falta do saudável vigor proporcionado pelo trabalho físico. Se a classe intelectual quisesse partilhar até certo ponto do fardo da classe operária, fortalecendo assim os músculos, a classe operária poderia fazer menos e dedicar uma parte de seu tempo à cultura mental e moral. Os que se ocupam em atividades sedentárias e literárias devem fazer exercício físico, mesmo que não necessitem trabalhar por razões financeiras. A saúde deve ser um incentivo suficiente para induzi-los a unir o trabalho físico ao mental. CSa 181 2 A cultura moral, intelectual e física deve ser combinada a fim de produzir homens e mulheres bem desenvolvidos e equilibrados. Alguns estão habilitados para realizar maior esforço intelectual que outros, ao passo que há pessoas inclinadas a amar e desfrutar o trabalho físico. Ambas essas classes devem procurar corrigir suas deficiências. ... CSa 181 3 A mente de homens pensantes trabalha demasiado. Freqüentemente eles usam suas faculdades mentais prodigamente, ao passo que há uma outra classe cujo mais elevado alvo na vida é o trabalho físico. Esta última classe não exercita a mente. Seus músculos são postos em atividade, enquanto o cérebro é privado de força intelectual, do mesmo modo que a mente dos pensadores é posta a trabalhar, enquanto o corpo é fraudado em força e vigor por negligenciarem o exercício dos músculos. Os que se contentam em devotar a vida ao trabalho físico, e deixam que outros façam por eles a parte mental, enquanto simplesmente levam a cabo o que outros cérebros planejaram, terão força muscular, mas intelecto deficitário. Sua influência para o bem é pequena em comparação com o que poderiam fazer se usassem o cérebro como usam os músculos. Esta classe é vencida mais prontamente se atacada por enfermidade, visto que o organismo é vitalizado pela força elétrica do cérebro para resistir a doenças. CSa 182 1 Homens que têm boas faculdades físicas deviam educar-se para pensar bem como agir, e não depender de outros como cérebro para eles. É erro popular por parte de uma grande classe considerar o trabalho coisa degradante. Daí que os jovens se mostram ansiosos por educar-se a fim de se tornarem professores, clérigos, comerciantes, advogados, de modo que possam ocupar praticamente qualquer posição que não requeira esforço físico. Moças consideram o trabalho doméstico como amesquinhante. E embora o exercício físico requerido na realização de trabalho caseiro, desde que não demasiado severo, destine-se a promover a saúde, preferem buscar a educação que as habilite como professoras ou funcionárias, ou aprender um ofício que as confine dentro de portas, numa ocupação sedentária. O saudável rubor desaparece-lhes das faces e tornam-se vítimas da enfermidade, pois têm falta de exercício físico e pervertem os seus hábitos em geral. Tudo isto para prestar obediência à moda! Desfrutam uma vida delicada, que consiste em debilidade e decadência. CSa 182 2 Na verdade, existem alguns motivos para que as jovens não decidam empregar-se em trabalhos domésticos, pois os que contratam pessoas para os serviços de cozinha, tratam-nas geralmente como servas. Seus patrões, com freqüência, não as respeitam e lidam com elas como se fossem indignas de ser membros de suas famílias. Não lhes dão o privilégio que concedem à costureira, à datilógrafa e à professora de música. Mas não pode haver melhor ocupação que os trabalhos domésticos. Cozinhar bem, apresentar sobre a mesa alimentos saudáveis, de maneira atraente, requer inteligência e experiência. A pessoa que prepara o alimento a ser introduzido em nosso estômago a fim de converter-se em sangue para nutrir o organismo, ocupa uma posição muito importante e elevada. A posição de datilógrafa, costureira ou professora de música não pode igualar-se em importância à da cozinheira. CSa 183 1 A declaração acima é uma exposição do que poderia ter sido feito mediante um sistema de educação apropriado. O tempo é agora demasiado curto para levar a cabo o que poderia ter sido realizado nas gerações passadas; mas podemos fazer muito, mesmo nestes últimos dias, para corrigir os males existentes na educação da juventude. E visto que o tempo é curto, devemos ser fervorosos e trabalhar zelosamente para dar aos jovens a educação compatível com nossa fé. Somos reformadores. Desejamos que nossos filhos estudem com maior proveito. A fim de realizar isto é necessário dar-lhes uma ocupação que ponha os músculos em atividade. O trabalho diário e sistemático deve constituir uma parte da educação dos jovens, mesmo nesta época tardia. Pode-se ganhar muito agora introduzindo o trabalho nas escolas. Seguindo este plano, os estudantes adquirirão elasticidade de espírito e vigor de pensamento, e serão capazes de executar mais trabalho mental, em determinado tempo, do que o fariam estudando somente. E poderão sair da escola com a constituição física incólume, e com força e coragem para perseverar em qualquer posição que lhes for designada pela providência divina. Resultados da inatividade física CSa 184 1 Com o atual sistema de educação, abre-se a porta da tentação para os jovens. Conquanto, em geral, eles tenham demasiadas horas de estudo, dispõem de muitas horas sem ter o que fazer. Esses períodos de lazer são passados freqüentemente de modo descuidado. O conhecimento de maus hábitos é comunicado de uma pessoa para a outra, e o vício aumenta consideravelmente. Muitíssimos jovens que foram instruídos religiosamente no lar e que partem para as escolas relativamente inocentes e virtuosos, são corrompidos pela associação com companheiros depravados. Perdem o respeito próprio e sacrificam nobres princípios. Acham-se então preparados para seguir a trilha descendente; pois abusaram tanto da consciência que o pecado não mais se afigura tão excessivamente perverso. Tais males existentes nas escolas dirigidas de acordo com o sistema atual, poderiam ser corrigidos em grande parte se o estudo fosse combinado com o trabalho. Os mesmos males existem nas escolas superiores, só que em maior grau; pois muitos jovens se educaram no vício, e sua consciência está cauterizada. CSa 184 2 Muitos pais exageram a estabilidade e as boas qualidades de seus filhos. Não parecem considerar que serão expostos às enganadoras influências de jovens corruptos. Os pais têm os seus receios ao enviá-los à escola, a certa distância de casa, mas alimentam a ilusão de que, tendo recebido bons exemplos e instrução religiosa, eles serão fiéis aos princípios em sua vida estudantil. Muitos pais têm apenas uma pálida idéia da extensão que a licenciosidade assume nessas instituições de ensino. Em muitos casos, os pais, labutaram arduamente e* sofreram numerosas privações com o acariciado propósito de fazer com que os filhos obtivessem uma educação esmerada. E depois de todos esses esforços, muitos passam pela amarga experiência de receber os filhos de volta de seu curso de estudos com hábitos dissolutos e constituição física arruinada. E com freqüência são desrespeitosos a seus pais, ingratos e profanos. Esses pais enganados, que são recompensados dessa maneira por filhos ingratos, lamentam haver-nos enviado para lá, a fim de serem expostos a tentações e voltarem para eles como destroços físicos, mentais e morais. Com esperanças frustradas e coração quase dilacerado, vêem os filhos, a cujo respeito acalentavam nobres aspirações, seguindo o caminho do vício e levando uma existência miserável. ... Estudo desordenado CSa 185 1 Alguns estudantes dedicam-se inteiramente aos estudos e concentram toda a atenção no objetivo de obter educação. Exercitam o cérebro, mas permitem que as faculdades físicas permaneçam inativas. O cérebro é sobrecarregado, e os músculos se debilitam pelo fato de serem exercitados. Quando tais estudantes se formam, é evidente que adquiriram sua educação à custa da vida. Estudaram dia e noite, ano após ano, mantendo a mente em contínuo estado de tensão, mas não exercitaram suficientemente os músculos. Sacrificaram tudo pelo conhecimento de ciências, e descem à sepultura. CSa 185 2 As moças freqüentemente se entregam ao estudo, em detrimento de outros ramos de educação mais importantes para a vida prática do que o estudo de livros. E depois de adquirirem sua educação, amiúde ficam inválidas por toda a vida. Negligenciam a saúde permanecendo muito tempo em recintos fechados, destituídos do ar puro do céu, e da luz solar dada por Deus. Essas jovens poderiam ter saído com saúde de suas escolas, se houvessem ligado os estudos a trabalhos domésticos e exercícios ao ar livre. CSa 186 1 A saúde é um grande tesouro. É a mais valiosa posse concedida aos mortais. Riqueza, honra ou cultura custam muito caro se forem adquiridas a expensas do vigor da saúde. Nenhuma dessas consecuções pode trazer felicidade, se não houver saúde. É um terrível pecado abusar da saúde que Deus nos deu; pois todo o abuso dessa natureza debilita a nossa vida e constitui um prejuízo, mesmo que obtenhamos toda a educação possível. CSa 186 2 Em muitos casos os pais ricos não vêem a importância de educar os filhos tanto nos deveres práticos da vida, como nas ciências. Não sentem a necessidade de, para o bem do intelecto e da moral dos filhos, e para a sua futura utilidade, dar-lhes um conhecimento cabal do trabalho útil. É esta uma obrigação que têm para com os filhos, a fim de que, se lhes chegarem reveses, possam manter-se com nobre independência, sabendo como fazer uso das mãos. Se têm um capital de vigor, não podem ser pobres, ainda que não possuam um centavo. Muitos que na juventude se achavam em circunstâncias favoráveis, podem ficar despojados de todas as suas riquezas, e com pais, irmãos e irmãs para manter. Quão importante é, pois, que a todo jovem se ensine a trabalhar, a fim de que possa estar preparado para qualquer emergência! As riquezas são uma verdadeira maldição, quando os seus possuidores deixam que elas sejam um impedimento para os filhos e filhas obterem o conhecimento de algum trabalho útil que os habilite para a vida prática. CSa 186 3 Os que não são compelidos a trabalhar, com freqüência não fazem suficiente exercício ativo para terem saúde física. Jovens, por não ocuparem a mente e as mãos em trabalho ativo, adquirem hábitos de indolência, e obtém amiúde o que é mais espantoso ainda: uma educação de rua, o vício de perambular pelos bares, fumar, beber e jogar cartas. ... CSa 187 1 A pobreza, em muitos casos, é uma bênção; pois evita que os jovens e as crianças sejam arruinados pela inatividade. Tanto as faculdades físicas como as mentais devem ser cultivadas e desenvolvidas devidamente. O primeiro e constante cuidado dos pais deve ser o de ver que os filhos tenham compleições vigorosas, para que possam ser homens e mulheres sadios. É impossível alcançar este objetivo sem exercício físico. Para a sua própria saúde física e bem moral, as crianças devem ser ensinadas a trabalhar, mesmo que não seja imperioso no tocante à necessidade. Se querem ter caráter puro e virtuoso, devem gozar da disciplina de um trabalho bem regulado, que ponha em atividade todos os músculos. A satisfação das crianças por serem úteis e praticarem atos de abnegação para ajudar a outros, será o prazer mais salutar que já experimentaram. Por que deveriam os ricos privar a si mesmos e a seus queridos filhos desta grande bênção? Amaldiçoada a indolência CSa 187 2 Pais, a inércia é a maior maldição que já caiu sobre os jovens. Não deveis permitir que vossas filhas permaneçam na cama até tarde da manhã, deixando que o sono dissipe as preciosas horas que Deus lhes concedeu para serem dedicadas aos melhores fins e pelas quais terão de prestar contas a Ele. A mãe causa um grande dano às filhas levando as cargas que deveriam partilhar com ela para seu próprio bem presente e futuro. A conduta seguida por muitos pais ao permitir que os filhos sejam indolentes e satisfaçam seu desejo de ler romances, incapacita-os para a vida real. A leitura de contos e novelas é o maior mal a que podem entregar-se os jovens. As leitoras de novelas e histórias de amor sempre deixam de ser mães boas e práticas. Elas constroem castelos no ar, e vivem num mundo irreal e imaginário. Tornam-se sentimentais e têm concepções doentias. Sua vida artificial tende a arruiná-las para tudo o que é útil. Têm a inteligência diminuída, embora nutram a ilusão de serem superiores em mentalidade e atitudes. Empenhar-se nos afazeres domésticos é o que há de mais vantajoso para as moças. CSa 188 1 O trabalho físico não impedirá o cultivo da inteligência. Longe disso. As vantagens obtidas pelo trabalho físico darão equilíbrio à pessoa e impedirão que se sobrecarregue a mente. A fadiga recairá sobre os músculos e aliviará o cérebro cansado. Há muitas jovens apáticas e inúteis que consideram pouco feminino ocuparem-se em trabalho ativo. Mas o seu caráter é por demais transparente para enganar a pessoas sensatas no tocante à sua verdadeira inutilidade. Elas riem sem causa, e tudo nelas é afetação. Parecem não poder pronunciar as palavras claramente e com propriedade, mas deturpam tudo o que dizem com balbucios e risadinhas tolas. São elas damas? Não nasceram tolas, mas a educação as tornou assim. Não se requer uma coisa frágil, impotente, adornada com exagero e que ri tolamente para fazer uma dama. É necessário um corpo são para ter um intelecto são. Saúde física e um conhecimento prático de todos os deveres domésticos necessários jamais constituirão um obstáculo para um intelecto bem desenvolvido; ambos são grandemente importantes para uma senhora. Cultura e física CSa 189 1 A questão do recreio conveniente aos alunos é dessas que os professores muitas vezes acham embaraçosas. Os exercícios ginásticos preenchem um lugar útil em muitas escolas; mas, sem uma inspeção cuidadosa, são muitas vezes levados ao excesso. Muitos jovens, pelas proezas de força que tentam realizar nos salões de ginástica, têm trazido sobre si lesões para toda a vida. CSa 189 2 O exercício em um salão de ginástica, ainda que bem dirigido, não pode tomar o lugar do recreio ao ar livre, e para tal nossas escolas devem oferecer melhores oportunidades. Os estudantes devem fazer exercício vigoroso. Poucos males há que se devem temer mais do que a indolência e a falta de um objetivo. Não obstante, a tendência da maior parte dos esportes atléticos é assunto de ansiosa preocupação por parte dos que levam a sério o bem-estar da mocidade. Os professores ficam incomodados ao considerar a influência destes esportes tanto no progresso do estudante na escola como no seu êxito na vida posterior. Os jogos que ocupam tanto o seu tempo lhe estão desviando o espírito do estudo. Não estão ajudando aos jovens a se prepararem para o trabalho prático e ardoroso da vida. Sua influência não tende para o refinamento, generosidade, ou verdadeira varonilidade. CSa 189 3 Alguns dos mais populares divertimentos, tais como o futebol e o boxe, se têm tornado escolas de brutalidade. Estão desenvolvendo os mesmos característicos que desenvolviam os jogos da antiga Roma. O amor ao domínio, o orgulho da mera força bruta, o descaso da vida, estão exercendo sobre a mocidade um poder desmoralizador que nos aterra. CSa 189 4 Outros jogos atléticos, embora não tão embrutecedores, são pouco menos reprováveis, por causa do excesso com que são praticados. Estimulam o amor ao prazer e à excitação,* alimentando assim o desgosto pelo trabalho útil, uma disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir o deleite pelas sóbrias realidades da vida e seus gozos tranqüilos. Desta maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados. Reuniões sociais CSa 190 1 Conforme são realizadas comumente, as reuniões sociais são também um embaraço ao crescimento real, quer do espírito quer do caráter. Formam-se associações frívolas, hábitos de extravagância e de busca de prazeres, bem como muitas vezes de dissipação, coisas estas que moldam a vida toda para o mal. Em vez de tais diversões, pais e professores muito poderão fazer para suprir distrações sãs, que proporcionem vida. CSa 190 2 Nisto, como em todas as demais coisas que dizem respeito ao nosso bem-estar, a Inspiração indicou o caminho. Nos tempos primitivos, era simples a vida entre o povo que estava sob a direção de Deus. Viviam junto ao coração da Natureza. Seus filhos participavam do trabalho dos pais e estudavam as belezas e mistérios do tesouro da Natureza. Na quietude do campo e do bosque ponderavam aquelas grandes verdades, transmitidas como um sagrado depósito, de geração a geração. Tal ensino produzia homens fortes. Ocupações ao ar livre CSa 190 3 Na presente época a vida se tornou artificial e os homens degeneraram. Conquanto não possamos voltar completamente aos hábitos simples daqueles tempos primitivos, deles podemos aprender lições que tornarão nossos momentos de recreio o que este nome implica: momentos de verdadeira construção de corpo, espírito e alma. CSa 190 4 Muito têm que ver os arredores do lar e da escola com a questão do recreio. Na escolha de um lar ou na localização de uma escola deveriam estas coisas ser consideradas. Aqueles para quem o bem-estar mental e físico é de maior importância do que o dinheiro ou as exigências e costumes da sociedade, devem procurar para seus filhos o benefício do ensino da Natureza, e a recreação ou seu ambiente. Seria de grande auxílio na obra educativa se cada escola pudesse ser localizada de tal maneira que proporcionasse aos estudantes terra para cultura e acesso aos campos e matas. CSa 191 1 Para os fins de recreio aos estudantes, os melhores resultados se alcançarão pela cooperação pessoal do professor. O verdadeiro professor pode comunicar a seus discípulos poucos benefícios tão valiosos como o de sua própria companhia. É um fato, relativamente a homens e mulheres, que só os podemos compreender quando chegamos em contato com eles pela simpatia; e quanto mais não se dá isto em se tratando de jovens e crianças! E temos necessidade de os compreender a fim de mais eficazmente beneficiá-los. Para fortalecer os laços de simpatia entre professor e estudantes, poucos meios há que façam tanto como a associação agradável entre eles fora da sala de aula. Nalgumas escolas o professor está sempre com seus alunos nas horas de recreio. Associa-se-lhes em seus empenhos, acompanha-os em suas excursões, e parece identificar-se com eles. Muito bem iriam nossas escolas se esta prática fosse mais geralmente seguida. O sacrifício que se exigiria do professor seria grande, mas ele recolheria uma recompensa preciosa. CSa 191 2 Nenhuma recreação apenas proveitosa a si mesmos se revelará uma bênção tão grande às crianças e jovens, como a que os faz úteis aos outros. Entusiastas e impressionáveis por natureza, são prontos a corresponder à sugestão. Fazendo planos para a cultura de plantas, procure o professor despertar interesse no embelezamento dos terrenos da escola e da sala de aula. Um duplo benefício resultará. Aquilo que os discípulos procuram embelezar, não quererão que fique maculado ou destruído. Acoroçoar-se-ão gosto apurado, amor à ordem, hábitos de cuidado; e o espírito de associação e cooperação, desenvolvido, demonstrar-se-á aos alunos uma bênção por toda a vida. CSa 192 1 Assim também se pode dar um novo interesse ao trabalho nos jardins, ou às excursões a campos e matas, acoroçoando-se os alunos a lembrar-se dos que se acham privados destes lugares aprazíveis, e partilhar com eles as belas coisas da Natureza. CSa 192 2 O vigilante professor encontrará muitas oportunidades de dirigir os discípulos a atos de prestabilidade. Especialmente pelas criancinhas, o professor é olhado com quase ilimitada confiança e respeito. O que quer que ele possa sugerir como meio de auxílio em casa, fidelidade nas ocupações diárias, assistência aos doentes ou aos pobres, dificilmente poderá deixar de produzir fruto. E também assim se conseguirá uma dupla aquisição. A sugestão afável refletir-se-á sobre o seu autor. A gratidão e cooperação por parte dos pais suavizará as cargas do professor e iluminará o seu caminho. Uma proteção contra o mal CSa 192 3 A atenção dispensada ao recreio e à cultura física, indubitavelmente, por vezes interromperá a rotina usual do trabalho escolar; esta interrupção, porém, não se revelará como um verdadeiro estorvo. Será centuplicadamente pago o emprego do tempo e esforço no sentido de robustecer o espírito e o corpo, alimentar a abnegação, unir aluno e professor pelos laços do interesse comum e amistosa associação. Uma abençoada expansão se proporcionará àquela irrequieta energia que tantas vezes é uma fonte de perigo à mocidade. Como salvaguarda contra o mal, a preocupação do espírito com o bem vale mais do que inúmeras barreiras de lei ou disciplina. Saúde e eficiência CSa 193 1 É necessário, a fim de que possam dedicar-se a esta grande e árdua tarefa, que os ministros de Cristo possuam saúde física. Para chegar a estes fins devem eles tornar-se metódicos em seus hábitos e adotar um sistema de vida saudável. Muitos estão constantemente queixando-se, sofrendo de várias indisposições. Dá-se isto, quase sempre, porque eles não trabalham inteligentemente nem observam as leis da saúde. Em geral permanecem muito tempo dentro de casa, ocupando salas aquecidas cheias de ar impuro. Aí se dedicam eles firmemente a estudar ou a escrever, fazendo pouco exercício físico e mudando pouco de atividade. Como resultado, o sangue circula mal e as energias mentais são enfraquecidas. CSa 193 2 Todo o organismo necessita da revigoradora influência do exercício ao ar livre. Umas poucas horas de trabalho braçal cada dia concorrem para renovar o vigor físico e fazer repousar e relaxar a mente. Por este meio a saúde em geral poderá ser promovida e uma maior soma de trabalho pastoral realizada. O constante ler e escrever de muitos ministros os incapacita para o trabalho pastoral. Gastam valioso tempo em estudo abstrato, o qual poderia ser aplicado em auxiliar os necessitados no momento preciso. ... CSa 193 3 Nossos ministros que atingiram a idade de quarenta ou cinqüenta anos, não devem achar que seu trabalho é menos eficiente do que em tempos passados. Os homens de idade e experiência são justamente os que devem exercer vigorosos e bem dirigidos esforços. De modo especial são eles necessários neste tempo; as igrejas não podem dispensá-los. Não devem os tais falar de fraqueza física e mental, nem achar que o seu tempo de utilidade passou.* CSa 194 1 Muitos deles têm sofrido por árduo esforço mental, não aliviado por exercício físico. O resultado é a deterioração de suas energias e a tendência para eximir-se a responsabilidades. O de que eles necessitam é mais trabalho ativo. Isto não se restringe apenas àqueles cuja cabeça está embranquecida pela neve do tempo, mas homens jovens em idade têm caído no mesmo estado e se têm tornado enfraquecidos mentalmente. Eles têm uma lista de sermões prontos; mas, se forem além dos limites destes, perdem o seu controle. CSa 194 2 O pastor dos velhos tempos, que viajava em lombo de burro e passava muito tempo visitando o seu rebanho, gozava muito melhor saúde, a despeito de suas privações e de estarem expostos, do que nossos ministros de hoje, que evitam todo exercício físico possível e se limitam a seus livros. CSa 194 3 Os ministros idosos e experientes devem sentir que é seu dever, como servos assalariados de Deus, avançar, progredindo dia a dia, tornando-se continuamente mais eficientes em seu trabalho, e arranjando constantemente assuntos novos para apresentar ao povo. Cada esforço para expor o evangelho, deve ser melhor que o precedente. Cada ano cumpre-lhes desenvolver uma piedade mais profunda, um espírito mais compassivo, maior espiritualidade, e um conhecimento mais completo da verdade bíblica. Quanto maior sua idade e experiência, mais próximos devem eles ser capazes de chegar do coração das pessoas, possuindo um mais perfeito conhecimento delas. Períodos de relaxação CSa 195 1 Foi-me mostrado que os guardadores do sábado, como povo que trabalha de maneira tão árdua, não se permitem mudança ou períodos de repouso. O recreio é necessário aos que se acham ocupados em labor físico, e mais ainda, essencial àqueles cujo trabalho é especialmente mental. Não é essencial a nossa salvação, nem para a glória de Deus, manter o espírito em contínuo e excessivo labor, mesmo sobre temas religiosos. Há distrações, como sejam a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar porquanto o Céu as condena. Estas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito excitante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Todos esses divertimentos merecem ser condenados pelos cristãos, devendo o seu lugar ser substituído por qualquer coisa perfeitamente inofensiva. CSa 195 2 Vi que não se devem passar nossos feriados a exemplo do mundo, mas não devemos passá-los por alto, pois isso traria descontentamento aos nossos filhos. Nestes dias em que há perigo de serem expostos às más influências e corrompidos pelos prazeres e excitações do mundo, estudem os pais o meio de proporcionar-lhes alguma coisa que substitua entretenimentos mais perigosos. Dai a entender a vossos filhos que tendes em vista seu bem-estar e felicidade. CSa 195 3 Unam-se várias famílias que residem numa cidade ou vila, e deixem as ocupações que as cansaram física e mentalmente, e façam uma excursão ao campo, às margens de um belo lago, ou a um bonito bosque, onde seja lindo o cenário da Natureza.* Devem prover-se de alimento simples e saudável, das melhores frutas e cereais, pondo a mesa à sombra de alguma árvore ou sob a abóbada celeste. A viagem, o exercício e o panorama despertarão o apetite e poderão gozar de uma refeição que causaria inveja aos próprios reis. CSa 196 1 Nessas ocasiões, pais e filhos devem sentir-se livres dos cuidados, do trabalho e de toda preocupação. Os pais devem sentir-se pequenos com seus filhos, tornando-lhes tudo tão agradável quanto possível. Seja o dia todo um contínuo recreio. O exercício ao ar livre, para aqueles cujo trabalho é dentro de casa e sedentário, lhes beneficiará a saúde. Todos os que podem devem sentir o dever de seguir este procedimento. Nada se perderá; mas ganhar-se-á muito. Tornarão às suas ocupações com nova vida e novo ânimo para empreender de novo sua tarefa com mais zelo, e estarão melhor preparados para resistir à enfermidade. Luz solar na casa CSa 196 2 Se quereis que vossas casas sejam agradáveis e convidativas, tornai-as resplendentes com ar e luz solar. Removei vossas espessas cortinas, abri as janelas, suspendei as persianas e fruí a rica luz do Sol, ainda que seja à custa das cores de vossos tapetes. A preciosa luz solar poderá fazer descorar os vossos tapetes; ela, porém, dará uma cor saudável às faces de vossas crianças. Se tiverdes a presença de Deus e possuirdes coração cheio de zelo e amor, uma casa humilde, na qual haja ar e brilhe a luz do Sol, e animada por altruísta hospitalidade, será para vossa família e para o cansado viajor um céu na Terra. -- Testimonies for the Church 2:527 (1870).* Diversões proibidas CSa 197 1 Aqueles que se acham empenhados em estudo necessitam relaxar-se. A mente não deve estar constantemente entregue a meditação acurada, pois o delicado mecanismo mental se torna gasto. O corpo, bem como a mente, deve fazer exercício. Há, porém, grande necessidade de temperança nos divertimentos, da mesma forma que em todas as outras atividades. E o caráter dessas diversões deve ser cuidadosa e cabalmente considerado. Cada jovem deve perguntar a si mesmo: "Que influência exercerão essas diversões sobre a saúde física, mental e moral? Deverá minha mente tornar-se tão obcecada que se esqueça de Deus? Deixaria eu de ter Sua glória diante de mim? CSa 197 2 Deve-se proibir o jogo de cartas. As associações e tendências são perigosas. O príncipe dos poderes das trevas preside nos salões de diversões e onde quer que haja jogo de cartas. Os anjos maus são hóspedes familiares nestes lugares. Nada existe de benefício à alma ou ao corpo nestes divertimentos. Coisa alguma para fortalecer o intelecto, nada para provê-lo de idéias valiosas para uso futuro. A conversa gira em torno de assuntos triviais e degradantes. Ouve-se aí gracejo indecente, palavreado baixo e vil, que diminui e destrói a verdadeira dignidade varonil. Essas diversões são as mais néscias, inúteis, prejudiciais e perigosas atividades que os jovens podem praticar. Aqueles que se dão ao jogo de cartas, tornam-se grandemente excitados, e logo perdem todo o gosto, pelas ocupações úteis e elevadas. A perícia no manuseio das cartas conduzirá logo ao desejo de empregar este conhecimento e tato em proveito próprio. É apostada uma pequena soma e, em seguida, uma maior, até que se adquire uma sede de jogar que leva a ruína certa. A quantos não têm essa diversão* perniciosa levado a toda sorte de práticas pecaminosas, à miséria, à prisão, ao assassínio e ao patíbulo! E muitos pais ainda não vêem o terrível abismo da ruína que está aberto aos nossos jovens. CSa 198 1 Entre as casas de diversões, a mais perigosa é o teatro. Em lugar de ser uma escola de moralidade e virtude, como costuma ser chamada, é ele justamente o viveiro da imoralidade. Os hábitos viciosos e as tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. As cantigas baixas, os gestos, expressões e atitudes indecentes corrompem a imaginação a aviltam a moral. Todo jovem que assiste habitualmente a tais exibições será corrompido em princípio. Não existe em nosso país influência mais poderosa para corromper a imaginação, destruir as impressões religiosas e enfraquecer o gosto pelos prazeres tranqüilos e as sóbrias realidades da vida, do que as diversões teatrais. O gosto por estas cenas aumenta com cada transigência, assim como o desejo para com as bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é evitar o teatro, o circo, e todos os outros lugares de diversões duvidosos. CSa 198 2 Há espécies de recreações grandemente benéficas tanto para a mente como para o corpo. Uma mente esclarecida e perspicaz encontrará abundantes meios de entretenimentos e diversão nas fontes não só inocentes, mas instrutivas. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na Natureza, serão do mais elevado benefício. O exercício como restaurador CSa 199 1 A idéia de que aqueles que sobrecarregaram as energias mentais e físicas, ou que têm estado sob depressão do corpo ou da mente, devem suspender a atividade a fim de reaver a saúde, é um grande erro. Em uns poucos casos, pode ser necessário o completo repouso por algum tempo, mas tais casos são raros. Na maioria das vezes a mudança deve ser muito grande para ser benéfica. CSa 199 2 Aqueles que chegaram ao abatimento em virtude de atividade mental intensa, devem ter repouso da mente cansada; entretanto, ensinar-lhes que é mau, ou mesmo perigoso, exercitarem eles suas energias mentais de qualquer maneira, leva-os a ver sua condição muito pior do que realmente é. Eles estão nervosos, e finalmente se tornam um fardo para si mesmos, bem como para os que deles cuidam. Neste estado mental, sua recuperação é realmente duvidosa. CSa 199 3 Aqueles que sobrecarregam suas energias físicas não devem ser aconselhados a abster-se completamente do trabalho. Afastá-los de todo exercício impediria em muitos casos a sua restauração à saúde. A vontade acompanha o trabalho das mãos; e, quando o poder da vontade está adormecido, a imaginação torna-se anormal, de maneira que é impossível ao sofredor resistir a doença. A inatividade é a maior maldição que pode sobrevir a alguém em tais condições. CSa 199 4 O delicado e maravilhoso mecanismo da Natureza precisa ser constantemente exercitado, a fim de que esteja em condições de desempenhar os fins para os quais foi designado. A regra de não fazer nada é perigosa em qualquer caso. O exercício físico, no sentido do trabalho útil, exerce influência benéfica sobre a mente, fortalece os músculos, aumenta a circulação e dá ao doente a satisfação de saber quanto pode* resistir, e que não é inteiramente inútil neste mundo agitado; ao passo que, se este é restringido, sua atenção é atraída para si mesmo e ele se acha em grande perigo de levar a exagero suas dificuldades. Se os doentes tomassem parte em algum exercício físico bem orientado, usando suas energias, mas sem abusar delas, encontrariam eles aí um eficaz agente para a sua restauração. Andar para exercitar-se CSa 200 1 Aqueles que são fracos e indolentes não devem ceder à sua tendência de estarem inativos, privando-se assim do ar e da luz solar, mas devem praticar exercício fora de casa, andando ou trabalhando no jardim. Eles se tornarão muitíssimo fatigados, mas isto não os prejudicará. ... Não é prudente abandonar o uso de certos músculos porque se sente dor quando estes são exercitados. A dor é, em geral, causada pelo esforço da natureza para transmitir vida e vigor àquelas partes que se tornaram parcialmente sem vida por causa da inatividade. O movimento desses músculos de há muito desusados causará dor, pois a natureza os está despertando para a vida. CSa 200 2 Em todos os casos possíveis, andar é o melhor remédio para os físicos enfermos, pois nesse exercício todos os órgãos do corpo são postos em uso. Muitos que buscam a cura pela mudança de lugar poderiam fazer mais por si mesmos pelo exercício muscular do que essas mudanças podem fazer por eles. Em alguns casos, a falta de exercício faz com que os intestinos e músculos se tornem enfermos e contraídos, e esses órgãos que se tornaram doentios por falta de uso poderão ser fortalecidos pelo exercício. Não há exercício que possa substituir o andar. Por ele a circulação do sangue é grandemente aumentada. -- Testimonies for the Church 3:78 (1871). Males da inatividade CSa 201 1 O exercício e o trabalho físicos combinados exercem uma agradável influência sobre a mente, fortalecem os músculos, aumentam a circulação e dão ao doente a satisfação de conhecer seu próprio poder de resistência; ao passo que, se o exercício saudável e o trabalho físico lhe são restringidos, sua atenção é atraída para ele próprio. Acha-se ele em constante perigo de imaginar-se pior do que realmente está e de formar dentro de si uma imaginação doentia que o leve a temer constantemente esteja sobrecarregando sua capacidade de resistência. De modo geral, se tomar parte em alguma atividade bem orientada, usando sua energia sem dela abusar, notará que o exercício físico se provará um agente mais poderoso e eficaz em sua recuperação do que mesmo o tratamento por água que está recebendo. CSa 201 2 A inatividade da energia física e mental, no que diz respeito ao trabalho útil, é o que mantém muitos doentes em uma condição de fraqueza que eles se sentem incapazes de superar. Dá-lhes também maior oportunidade de condescender com pensamentos impuros -- condescendência que tem levado muitos deles a sua condição atual de fraqueza. É-lhes dito que eles gastaram muita energia em trabalho árduo, quando, em nove de cada dez casos, o trabalho que eles realizaram foi a única coisa recuperadora em sua vida e foi o meio de salvá-los da completa ruína. Enquanto sua mente estava assim ocupada não puderam eles ter oportunidade tão favorável para aviltar seu corpo e completar a obra de destruir-se a si mesmos. Permitir que todas essas pessoas cessem de trabalhar com o cérebro e os músculos é oferecer-lhes ampla oportunidade de serem levadas cativas pelas tentações de Satanás. -- Testimonies for the Church 4:94, 95 (1876). Abrir as janelas da alma CSa 202 1 O fardo do pecado, com seu desassossego e desejos não satisfeitos, jaz mesmo à base de grande parte das doenças sofridas pelos pecadores. Cristo é o poderoso comunicador de cura à alma enferma de pecado. Esses pobres sofredores precisam ter um conhecimento mais claro dAquele a quem conhecer devidamente, é vida eterna. Eles precisam ser paciente e bondosa mais diligentemente ensinados quanto à maneira de abrir de par em par as janelas da alma, deixando entrar o Sol do amor de Deus, para iluminar os obscurecidos escaninhos do espírito. As mais exaltadas verdades espirituais podem ser levadas ao coração pelas coisas da Natureza. Os pássaros do ar, as flores do campo, com suas belas cores vivas, o cereal germinando, a videira com seus ramos cheios de frutos, as árvores soltando os seus tenros renovos, o glorioso pôr-do-sol, as nuvens carmesim a anunciarem uma bela manhã, a sucessão das estações -- tudo isto pode ensinar-nos preciosas lições de confiança e fé. A imaginação tem aqui um campo fértil no qual estender-se. A mente inteligente pode contemplar com a maior satisfação estas lições da verdade divina, as quais o Redentor do mundo associou às coisas da Natureza. CSa 202 2 Cristo reprovou severamente os homens de Seu tempo por não terem eles aprendido da Natureza as lições espirituais que poderiam ter aprendido. Todas as coisas, animadas e inanimadas expõem ao homem o conhecimento de Deus. A mesma mente divina que está operando nas coisas da Natureza, está a operar na mente e coração dos homens e a produzir um inexprimível anseio por alguma coisa que eles não possuem. As coisas do mundo não podem satisfazer-lhes os anelos. -- Testimonies for the Church 4:579, 580 (1881). ------------------------Seção 5 -- Os sanatórios -- seus objetivos O desígnio de Deus em nossos sanatórios CSa 203 1 Toda instituição estabelecida pelos adventistas do sétimo dia, deve ser para o mundo o que já foi José para o Egito, e o que Daniel e seus companheiros foram para Babilônia. Quando, na providência de Deus, esses escolhidos foram levados cativos, foi para levarem às nações pagãs as bênçãos que sobrevêm à humanidade mediante o conhecimento de Deus. Cumpria-lhes ser representantes de Jeová. Nunca deveriam transigir com os idólatras; sua fé religiosa e seu nome como adoradores do Deus vivo, cumpria-lhes considerar honra especial. CSa 203 2 E assim fizeram. Na prosperidade e na adversidade, honraram a Deus, e Deus os honrou. ... CSa 203 3 Da mesma maneira devem as instituições estabelecidas hoje pelo povo de Deus glorificar-Lhe o nome. O único modo por que podemos satisfazer-Lhe a expectativa, é ser representantes da verdade para este tempo. Deus deve ser reconhecido nas instituições estabelecidas pelos adventistas do sétimo dia. Por meio delas deve a verdade para este tempo ser apresentada perante o mundo com poder convincente. CSa 203 4 Somos chamados a representar perante o mundo o caráter de Deus, tal como ele o foi revelado a Moisés. Em resposta à oração de Moisés: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória", o Senhor prometeu: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti." "Passando pois o Senhor perante a sua* face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado." Êxodo 33:18, 19; 34:6, 7. Tal é o fruto que Deus deseja de Seu povo. Na pureza de seu caráter, na santidade de sua vida, em sua misericórdia e longanimidade e compaixão, devem eles demonstrar que "a lei do Senhor é perfeita, e converte a alma". Salmos 19:7 (TT). CSa 204 1 O desígnio de Deus para Suas instituições hoje em dia pode-se ver também no que Ele buscou realizar por meio da nação judaica. Era Seu intento, por meio de Israel, comunicar ricas bênçãos a todos os povos. Por intermédio deles devia o caminho ser preparado para a difusão de Sua luz a todo o mundo. ... CSa 204 2 Deus desejava fazer de Seu povo Israel um louvor e uma glória. Toda vantagem espiritual lhes foi dada. Deus não reteve deles coisa alguma propícia à formação do caráter que os tornaria Seus representantes. CSa 204 3 Sua obediência às leis de Deus os tornaria uma maravilha de prosperidade perante as nações do mundo. Aquele que lhes poderia dar sabedoria e habilidade em toda obra de arte, continuaria a ser seu mestre e os enobreceria e elevaria por meio da obediência a Suas leis. Caso fossem obedientes, seriam guardados das doenças que afligiam outras nações, e seriam abençoados com vigor intelectual. A glória de Deus, Sua majestade e poder, revelar-se-iam em toda a sua prosperidade. Eles deviam ser um reino de sacerdotes e príncipes. Deus lhes proveu todos os recursos para se tornarem a maior nação da Terra. ... CSa 204 4 O Senhor deu-me, anos atrás, esclarecimentos especiais quanto ao estabelecimento de uma instituição de saúde, onde os doentes pudessem ser tratados por maneira de todo diversa das que são seguidas em qualquer outra instituição do mundo. Ela seria fundada e dirigida sobre os princípios bíblicos, como instrumento do Senhor, e devia ser em Suas mãos um dos mais eficazes meios para transmitir luz ao mundo. Era desígnio de Deus que ela se destacasse em capacidade científica, em poder moral e espiritual e como fiel sentinela da reforma em toda a sua conduta. Todos quantos desempenhem uma parte nela, devem ser reformadores, respeitando-lhe os princípios, e dando atenção à luz da reforma da saúde, a qual incide sobre nós como um povo. Um fanal de luz CSa 205 1 Deus visava que a instituição por Ele estabelecida fosse um foco de luz, constituísse uma advertência e uma reprovação. Queria provar ao mundo que uma instituição dirigida por princípios religiosos, como um asilo para os doentes, poderia ser mantida sem sacrificar o caráter santo, que lhe é peculiar; que ela se poderia manter livre dos aspectos objetáveis que se encontram em outras instituições de saúde. Seria um instrumento na promoção de grandes reformas. CSa 205 2 O Senhor revelou que a prosperidade do sanatório não dependeria apenas do conhecimento e perícia de seus médicos, mas do favor de Deus. Ele devia ser conhecido como uma instituição onde Deus era reconhecido como o Monarca do Universo, instituição sob Seu especial controle. Seus dirigentes tinham de dar a Deus o primeiro e o último e o melhor lugar em tudo. E nisto estaria sua força. Caso fosse dirigida de maneira que o Senhor pudesse aprovar, teria grande êxito, e estaria na dianteira de todas as instituições congêneres mantidas pelo mundo. Grande luz, grande conhecimento, e privilégios superiores lhes foram conferidos. E, em harmonia com a luz recebida, seria a responsabilidade daqueles a quem estava confiado o andamento da instituição. CSa 206 1 Ao passo que nossa obra se tem estendido e as instituições se têm multiplicado, os desígnios de Deus ao estabelecê-las permanecem os mesmos. As condições de prosperidade são imutáveis. CSa 206 2 A família humana está sofrendo por causa da transgressão das leis de Deus. O Senhor deseja que os homens sejam levados a compreender a causa de seus sofrimentos e o único meio de encontrar alívio. Deseja que vejam que seu bem-estar -- físico, mental e moral -- depende da obediência a Sua lei. É seu desígnio que nossas instituições sejam lições práticas, mostrando os resultados da obediência aos retos princípios. Promulgar princípios de saúde CSa 206 3 Grande obra tem de ser realizada na promulgação dos princípios de saúde, ao preparar-se um povo para a segunda vinda do Senhor. O povo deve ser instruído com relação às necessidades do organismo e ao valor do viver saudável tal como é ensinado nas Escrituras, para que o corpo criado por Deus possa ser-Lhe apresentado como sacrifício vivo, apto a prestar-Lhe serviço aceitável. Há uma grande obra a ser realizada pela humanidade sofredora, em aliviar-lhe as penas mediante o emprego de agentes naturais providos por Deus, e em ensinar-lhes a evitar a doença pelo controle do apetite e das paixões. Cumpre ensinar ao povo que a transgressão das leis da Natureza é transgressão das leis de Deus. Ensinar-lhes no sentido físico, da mesma maneira que no espiritual, a verdade de que "o temor do Senhor encaminha para a vida". Provérbios 19:23. "Se queres, porém, entrar na vida", disse Jesus, "guarda os mandamentos." Mateus 19:17. Guarda "a Minha lei, como a menina dos teus olhos". Provérbios 7:2. Os mandamentos de Deus, uma vez obedecidos, são "vida para os que os acham, e saúde para o seu corpo". Provérbios 4:22. CSa 207 1 Nossos sanatórios são uma força educadora para ensinar o povo a esse respeito. Os que são ensinados podem por sua vez comunicar a outros o conhecimento dos princípios restauradores e conservadores da saúde. Assim nossos sanatórios devem ser instrumento em alcançar o povo, agência em mostrar-lhes o mal de desprezar as leis da vida e da saúde, e em ensinar a conservar o corpo nas melhores condições. Devem-se estabelecer sanatórios nos diferentes países penetrados pelos missionários, os quais devem ser centros de onde se irradie uma obra de cura, restauração e educação. CSa 207 2 Cumpre-nos trabalhar tanto pela saúde física, como pela salvação da alma. Nossa missão é a mesma de nosso Mestre, de quem está escrito que andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo. Atos 10:38. Acerca de Sua própria obra, diz Ele: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim; porque Me ungiu, para pregar boas novas aos mansos." "Enviou-Me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos." Isaías 61:1; Lucas 4:18, 19. Ao seguirmos o exemplo de Cristo, de trabalhar pelo bem dos outros, despertaremos o interesse deles no Deus a quem amamos e servimos. Monumentos para Deus CSa 207 3 Em todos os seus departamentos, nossos sanatórios devem ser monumentos a Deus, instrumentos Seus em semear a semente da verdade no coração humano. E isto serão eles, caso sejam bem administrados. CSa 208 1 A verdade viva de Deus deve ser dada a conhecer em nossas instituições médicas. Muitas das pessoas que a elas vão, acham-se famintas e sedentas da verdade, e quando ela é devidamente apresentada, recebem-na com alegria. Nossos sanatórios têm sido o meio de exaltar a verdade para este tempo, a apresentá-la perante milhares de pessoas. A influência religiosa de que essas instituições se acham impregnadas, inspira confiança a seus hóspedes. A certeza de que o Senhor ali preside, e as muitas orações feitas pelos doentes, impressionam os corações. Muitos que nunca haviam pensado no valor da alma, são convencidos pelo Espírito de Deus, e não poucos são levados a mudar todo o curso de sua vida. Causam-se impressões que jamais se delirão, em muitos que têm estado satisfeitos consigo mesmos, que têm julgado suficientes suas próprias normas de caráter, e não sentiam nenhuma necessidade da justiça de Cristo. Ao sobrevir a prova futura, quando lhes for dada iluminação, não poucos deles colocar-se-ão ao lado do povo remanescente de Deus. CSa 208 2 Deus é honrado por instituições dirigidas dessa maneira. Em Sua misericórdia, Ele tornou os sanatórios um tal poder no alívio do sofrimento físico, que milhares a eles têm sido atraídos a fim de se curarem de suas enfermidades. E em muitos, a cura do corpo é acompanhada da restauração da alma. Recebem do Salvador o perdão dos pecados. Recebem a graça de Cristo e se identificam com Ele, com Seus interesses, Sua honra. Muitos saem de nossos sanatórios com coração novo. A mudança é decisiva. Voltando para o lar, essas pessoas são como luzes no mundo. O Senhor as torna testemunhas Suas. Seu testemunho é: "Vi Sua grandeza, tenho provado Sua bondade. 'Vinde e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que Ele tem feito à minha alma'." Salmos 66:16. CSa 209 1 Assim, mediante a prosperidade trazida pela mão de Deus, nossos sanatórios têm sido o meio de realizar grande bem. E têm de crescer ainda mais. Deus cooperará com o povo que O honrar. Fontes de vida CSa 209 2 Maravilhosa é a obra que Deus pretende realizar por intermédio de Seus servos, para que Seu nome seja glorificado. O Senhor fez de José uma fonte de vida para a nação egípcia. Por meio de José, foi conservada a vida de todo aquele povo. Por meio de Daniel, Deus salvou a vida de todos os sábios de Babilônia. E esses livramentos foram como lições práticas; ilustraram ao povo as bênçãos espirituais a eles proporcionadas mediante a ligação com o Deus a quem José e Daniel adoravam. Assim, por intermédio de Seu povo hoje, Deus deseja trazer bênçãos ao mundo. CSa 209 3 Todo obreiro em cujo coração Cristo habita, todo aquele que manifeste Seu amor ao mundo, é um colaborador de Deus para bênção da humanidade. À medida que ele recebe do Salvador graça para comunicar aos outros, emana de todo o seu ser uma onda de vida espiritual. Cristo veio como grande Médico para curar as feridas produzidas pelo pecado na família humana; e Seu Espírito, operando por intermédio de Seus servos, comunica aos seres humanos enfermos de pecado e sofredores, poderosa virtude curadora, eficaz para o corpo e para a alma. "Naquele dia", dizem as Escrituras, "haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado, e contra a impureza." Zacarias 13:1. As águas dessa fonte possuem propriedades medicinais que hão de curar tanto as enfermidades físicas, como as espirituais. CSa 210 1 Dessa fonte emana o poderoso rio visto na visão de Ezequiel. "Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas. E será que toda a criatura vivente que vier por onde quer que entrarem estes dois ribeiros viverá. ... E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto. Nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio." Ezequiel 47:8-12. CSa 210 2 Tal rio de vida e de cura Deus designa que, mediante Seu poder operando por eles, sejam nossos sanatórios. A igreja qualificada para o serviço CSa 210 3 Cristo dotou com poder Sua igreja para fazer a mesma obra que Ele fez durante o Seu ministério. Ele é hoje o mesmo compassivo Médico que foi enquanto esteve na Terra. Devemos fazer com que os aflitos entendam que nEle há bálsamo para todas as doenças, poder restaurador para todas as enfermidades. Seus discípulos dos tempos atuais devem orar pelos enfermos tão realmente como seus discípulos da antiguidade o fizeram. E as recuperações se seguirão, pois "a oração da fé salvará o doente". Tiago 5:15. Necessitamos do poder do Espírito Santo, da calma certeza da fé que pode reclamar as promessas de Deus. -- The Review and Herald, 9 de Junho de 1904.* Águas vivas para as almas sedentas CSa 211 1 O Senhor necessita de homens e mulheres sábios, que exerçam as funções de enfermeiros, para confortar e auxiliar os doentes e os sofredores. ... CSa 211 2 É com o fim de salvar almas que nossos sanatórios são estabelecidos. Em nossas atividades diárias vemos muitas fisionomias sofridas e tristes. O que mostra a tristeza dessas fisionomias? A necessidade da alma da paz de Cristo. Seres humanos pobres e tristes vão a cisternas rotas, que não podem reter as águas, pensando poderem satisfazer a sua sede. Permiti-lhes ouvir a voz que diz: "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas." "E não quereis vir a Mim para terdes vida." Isaías 55:1; João 5:40. CSa 211 3 É para que as almas sedentas possam ser levadas às águas vivas que apelamos para os sanatórios -- não sanatórios dispendiosos e imponentes, mas instituições confortáveis em lugares agradáveis. CSa 211 4 Devem os doentes ser alcançados, não por meio de construções suntuosas, senão mediante o estabelecimento de vários pequenos sanatórios, os quais devem ser como luzes a brilhar em lugar escuro. Aqueles que estão empenhados nesta obra devem refletir a luz solar da face de Cristo. Deve ser como o sal que não perdeu o seu sabor. Por meio da obra dos sanatórios, dirigida de maneira apropriada, a influência da religião pura e verdadeira estender-se-á a muitas almas. CSa 211 5 De nossos sanatórios, devem sair para os lugares em que a verdade ainda não foi proclamada, obreiros preparados, e fazerem trabalho missionário para o Mestre, reclamando a promessa: "Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. -- Special Testimonies, Série B, 8:13, 14 (1907). Os sanatórios e a obra evangélica CSa 212 1 Nossos sanatórios são um dos meios mais bem-sucedidos de alcançar a todas as classes de pessoas. Cristo já não Se acha em pessoa neste mundo, a fim de passar por nossas cidades, vilas e aldeias curando os doentes. Incumbiu-nos Ele de levar avante a obra médico-missionária que começou, e neste trabalho devemos fazer o melhor possível. Devem-se estabelecer instituições para cuidar dos doentes nas quais homens e mulheres possam ser colocados sob o cuidado de médicos missionários tementes a Deus e serem tratados sem drogas. Virão para estas instituições aqueles que sobre si mesmos trouxeram doenças por meio de hábitos impróprios no comer e beber. A estes devem ser ensinados os princípios do viver sadio. Deve-se-lhes ensinar o valor da abnegação e do domínio próprio. Cumpre prover-lhes um regime alimentar simples, nutritivo e saboroso e os cuidados de médicos e enfermeiros judiciosos. CSa 212 2 Nossos hospitais são o braço direito do evangelho, a abrirem portas pelas quais a humanidade sofredora pode ser alcançada pelas alegres novas da cura através de Cristo. Nessas instituições devem os doentes ser ensinados a confiar seus casos ao Grande Médico, o qual cooperará com os seus ingentes esforços para reaver a saúde, trazendo-lhes a cura da alma bem como do corpo. CSa 212 3 Existe muito preciosa obra missionária a ser feita em nossos sanatórios. Cristo e Seus anjos neles trabalham para aliviar o sofrimento causado pelas doenças do físico. E de maneira alguma deve a obra parar aí. As orações feitas pelos doentes e o abrir das Escrituras a eles, dá-lhes um conhecimento do grande Médico Missionário. Sua atenção é chamada para Ele como Aquele que pode curar todas as doenças. Eles* aprendem a respeito do grande dom da vida eterna, a qual o Senhor Jesus está desejoso de conceder àqueles que O recebem. Aprendem a preparar-se para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. "Se Eu for", disse Ele, "virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo; para que onde Eu estiver, estejais vós também." João 14:3. Há na Palavra de Deus, graciosas promessas, das quais os que estão a sofrer, quer no corpo quer na mente, podem receber conforto, esperança e encorajamento. CSa 213 1 O plano de prover instituições para o cuidado apropriado dos doentes, originou-se com o Senhor. Ele instruiu o Seu povo no sentido de que essas instituições sejam estabelecidas. Devem estar ligados a elas médicos inteligentes, tementes a Deus, que saibam tratar dos doentes do ponto de vista dos habilidosos médicos cristãos. Esses médicos devem ser zelosos e ativos, que sirvam ao Senhor em suas atividades. Devem lembrar-se de que estão operando em lugar do Grande Médico e sob a Sua supervisão. Acham-se eles em lugar de guardas dos seres que Cristo comprou com o Seu próprio sangue, e é, portanto, necessário que sejam regidos por princípios elevados e nobres, executando a vontade do Médico Missionário divino, que ainda está vigiando sobre os doentes e sofredores. CSa 213 2 Aquele que é posto como guardador da saúde dos doentes deve conhecer por experiência o suave poder da graça de Cristo, de maneira que aos que o procuram para tratamento possa ele comunicar em palavras o poder reanimador e comunicador de saúde da própria verdade de Deus. Um médico não está apto para a obra médico-missionária, a menos que tenha obtido um conhecimento dAquele que veio para salvar as almas que perecem, enfermas pelo pecado. Se Cristo for seu professor, se ele tiver um conhecimento experimental da verdade, poderá apresentar o Salvador perante os doentes e moribundos. CSa 214 1 Os doentes observam cuidadosamente os olhares, palavras e atos de seus médicos e, quando o médico cristão se ajoelha ao lado da cabeceira da cama do paciente, pedindo ao Grande Médico que tome o caso em Suas próprias mãos, produz-se uma impressão na mente do enfermo que pode resultar na salvação de sua alma. Necessidade de instalações em muitos lugares CSa 214 2 Cristo abarcou o mundo em Sua obra missionária, e o Senhor me mostrou, por meio de revelação, que não é plano Seu que sejam construídos grandes centros, que sejam estabelecidas grandes instituições e que as economias de nosso povo em todas as partes do mundo sejam exauridas na manutenção de umas poucas instituições grandes, quando as necessidades do momento exigem que alguma coisa seja feita, quando a Providência abre o caminho em muitos lugares. Devem ser estabelecidas instalações em vários lugares, em todo o mundo. Primeiro uma, depois outra parte da vinha deve ser penetrada, até que toda tenha sido cultivada. Deve-se envidar esforços onde quer que a necessidade seja maior. Mas não podemos prosseguir com essa luta intensiva e ao mesmo tempo fazer um dispêndio extravagante de meios em uns poucos lugares. CSa 214 3 O Sanatório de Battle Creek é muito grande. Grande número de obreiros será exigido para cuidar dos pacientes que chegarem. Um décimo dos pacientes que vêm para esta instituição é tudo de que se pode cuidar com os melhores resultados em um centro médico-missionário. Deveriam ser estabelecidos centros em todas as cidades que não estão informadas da grande obra que o Senhor desejaria ver feita para advertir o mundo de que o fim de todas as coisas está próximo. "Há demais em um só lugar", diz o Grande Instrutor. -- Testimonies for the Church 8:204, 205 (1903). Em todo o mundo CSa 215 1 Deus qualificou o Seu povo para iluminar o mundo. Ele os dotou de faculdades por meio das quais devem eles estender a Sua obra até que ela circunde o globo. Em todas as partes da Terra devem estabelecer hospitais, escolas, casas publicadoras e recursos afins para a consumação de Sua obra. CSa 215 2 A mensagem finalizadora do evangelho deve ser levada a "toda a nação, e tribo, e língua, e povo". Apocalipse 14:6. Muitos empreendimentos devem ainda ser iniciados e levados avante em países estrangeiros, para o avançamento desta mensagem. A abertura de restaurantes saudáveis, de ambulatórios, e o estabelecimento de sanatórios para o cuidado dos doentes e sofredores é tão necessária na Europa como na América. Devem-se estabelecer missões médico-missionárias em muitos países para agirem como mão auxiliadora de Deus em prestar auxílio aos doentes. CSa 215 3 Cristo coopera com aqueles que se empenham em obra médico-missionária. Os homens e as mulheres que fazem desinteressadamente o que podem para estabelecer sanatórios e ambulatórios em muitos países serão ricamente recompensados. Aqueles que visitam essas instituições serão beneficiados física, mental e espiritualmente -- os cansados serão refrigerados, restaurada aos doentes a saúde, aliviado o fardo do pecador. Daqueles cujo coração é desviado do serviço ao pecado para a justiça, nestes países distantes, serão ouvidos agradecimentos e voz de melodia. Por seus cânticos de louvor cheios de gratidão será dado um testemunho que induzirá outros à obediência e à associação com Cristo. CSa 215 4 A conversão das almas a Deus é o maior e o mais nobre trabalho no qual os seres humanos podem ter uma parte. Nesta* obra é revelado o poder de Deus, Sua santidade, Sua paciência e Seu ilimitado amor. Toda conversão verdadeira O glorifica e faz com que os anjos prorrompam em cânticos. CSa 216 1 Estamos próximos do fim da história da Terra, e os diferentes aspectos da obra de Deus devem ser levados avante com muito maior sacrifício do que se manifesta no presente. A obra para estes últimos dias é, em sentido especial, uma obra missionária. A apresentação da verdade presente, desde a primeira letra do seu alfabeto até a última, significa esforço missionário. A obra a ser feita clama por sacrifício a cada passo. Desse serviço abnegado os obreiros sairão purificados e refinados como o ouro provado no fogo. CSa 216 2 A cena das almas que perecem no pecado deve estimular-nos a empregar maior esforço para comunicar a luz da presente verdade aos que jazem nas trevas, principalmente àqueles que se acham em campos nos quais muito pouco foi feito até agora para erigir monumentos para Deus. A obra que deveria ter sido feita há muito tempo em todas as partes do mundo, deve ser iniciada agora e levada avante para conclusão. Nos países europeus CSa 216 3 Em geral nossos irmãos europeus não têm tomado o interes-se que deveriam, no sentido de estabelecer sanatórios nos países da Europa. Levantar-se-ão na obra, nestes países, as mais desconcertantes perguntas, em virtude das circunstâncias peculiares aos vários campos. De acordo, porém, com a luz que me foi dada, devem-se estabelecer instituições que, embora pequenas a princípio, tornar-se-ão, com as bênçãos de Deus, maiores e mais vigorosas. CSa 216 4 Em país algum devem as nossas instituições ser aglomeradas em uma só localidade. Jamais foi desígnio de Deus que a luz da verdade seja assim restringida. Durante algum tempo foi exigido que a nação judaica adorasse em Jerusalém. Jesus, porém, disse à mulher samaritana: "Crê-Me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai." "A hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim O adorem. Deus é Espírito, e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade." João 4:21, 23, 24. A verdade deve ser estabelecida em cada lugar nos quais porventura possamos ter acesso. Deve ser levada a regiões que se acham desprovidas do conhecimento de Deus. Os homens devem ser abençoados ao receberem Aquele em quem estão centralizadas as suas esperanças de vida eterna. A aceitação da verdade tal como é em Jesus encher-lhes-á o coração de louvores a Deus. CSa 217 1 Consumir grandes somas de dinheiro em uns poucos lugares é contrário aos princípios cristãos. Cada edifício deve ser levantado tomando-se em consideração a necessidade de construções semelhantes em outros lugares. Deus pede aos homens em posições de confiança em Sua obra que não barrem o caminho do progresso usando egoisticamente todos os meios que possam ser poupados, em uns poucos lugares privilegiados ou em um ou dois ramos da obra. CSa 217 2 Nos primórdios da mensagem, muitíssimos de nosso povo possuíam o espírito de renúncia e sacrifício. Dessa forma, foi dado um bom começo e o sucesso correspondeu aos esforços empregados. A obra, porém, não se tem desenvolvido como devera. Tem-se concentrado demais em Battle Creek e em Oakland e em uns poucos outros lugares. Nossos irmãos jamais deveriam ter construído tanto em qualquer outro lugar como o fizeram em Battle Creek. CSa 217 3 O Senhor declarou que Sua obra deve ser levada avante no mesmo espírito em que foi começada. O mundo deve ser advertido. Deve-se penetrar em campo após campo. É-nos dada a ordem: "Acrescentai novos territórios". Como um povo, não deveremos por nossos arranjos comerciais, nossa atitude para com um mundo não salvo, dar um testemunho mais claro ainda e mais decisivo do que o que demos vinte ou trinta anos atrás? CSa 218 1 Brilhou sobre nós uma grande luz com relação aos últimos dias da história da Terra. Não permitamos que nossa falta de sabedoria e de energia dêem indício de cegueira espiritual. Cumpre aos mensageiros de Deus revestirem-se de poder. Devem eles ter pela verdade aquela elevada reverência que não possuem agora. A sagrada e solene mensagem de advertência do Senhor deve ser proclamada nos campos mais difíceis e nas cidades mais pecadoras -- em todo lugar em que a luz da terceira mensagem angélica ainda não raiou. Deve-se fazer a todos o último convite para a ceia das bodas do Cordeiro. CSa 218 2 Ao proclamarem a mensagem, os servos de Deus serão solicitados a empenhar-se em luta com numerosas perplexidades e a vencer muitos obstáculos. Por vezes o trabalho prosseguirá com dificuldade, como aconteceu ao estabelecerem os pioneiros as instituições em Battle Creek, em Oakland e outros lugares. Mas façam todos o melhor possível, fazendo do Senhor a sua força, evitando todo egoísmo e abençoando a outros por suas boas obras. ... Em todas as terras CSa 218 3 O Senhor apela para que despertemos para o senso de nossas responsabilidades. Deus deu a cada homem a sua obra. Cada um pode viver uma vida de utilidade. Aprendamos tudo que pudermos, sendo então uma bênção aos outros, comunicando o conhecimento da verdade. Cada qual deve fazer de conformidade com sua respectiva habilidade, ajudando voluntariamente a carregar os fardos. CSa 218 4 Há em todas as partes uma obra a ser feita em favor de todas as classes da sociedade. Devemos aproximar-nos dos pobres e depravados, aqueles que caíram por meio da intemperança. E, ao mesmo tempo, não devemos esquecer as classes mais elevadas -- os legisladores, ministros, senadores e juízes, muitos dos quais são escravos de hábitos intemperantes. Não devemos deixar de envidar todo esforço a fim de mostrar-lhes que a salvação de sua alma é preciosa, que vale a pena o esforço para alcançar a vida eterna. Aos que se acham em posições elevadas devemos apresentar o compromisso de abstinência total, pedindo-lhes que dêem o dinheiro que eles gastariam de outra maneira nas condescendências nocivas das bebidas alcoólicas e do fumo, para o estabelecimento de instituições nas quais crianças e jovens possam ser preparados para ocupar posições de utilidade no mundo. Anjos aguardando para cooperar CSa 219 1 Grande luz tem estado a brilhar sobre nós, mas quão pouco dessa luz nós refletimos para o mundo! Os anjos celestiais estão esperando pelos seres humanos para com eles cooperarem na execução prática dos princípios da verdade. É através de nossos sanatórios e empreendimentos afins que muito dessa obra deve ser feito. Estas instituições devem ser monumentos de Deus, pelos quais Seu poder sanador possa estender-se a todas as classes, altas e baixas, ricas e pobres. Todo recurso nela investido por amor de Cristo trará bênçãos tanto para o doador como para a humanidade sofredora. CSa 219 2 A obra médico-missionária é o braço direito do evangelho. Ela é indispensável ao avanço da causa de Deus. Quando por meio dela os homens e mulheres forem levados a ver a importância dos hábitos corretos de vida, o poder salvador da verdade se tornará conhecido. Cada cidade deve ser atingida por obreiros instruídos para fazerem a obra médico-missionária. Como braço direito da mensagem do terceiro anjo, os métodos divinos de tratamento das doenças abrirão portas para a entrada da verdade presente. A literatura sobre saúde deve circular em muitas terras. Nossos médicos na Europa e em outros países devem despertar para a necessidade de se ter obras sobre saúde, preparadas por homens do local e que possam encontrar as pessoas onde elas estão com as instruções mais necessárias. Cooperação dos sanatórios CSa 220 1 O Senhor dará aos nossos sanatórios, cuja obra está quase firmada, uma oportunidade de cooperarem com Ele na assistência a instalações recém-estabelecidas. Cada nova instituição deve ser considerada como uma irmã auxiliar na grande obra da proclamação da mensagem do terceiro anjo. Deus deu aos nossos sanatórios uma oportunidade de pôr em funcionamento a obra que deve ser como uma pedra dotada de vida, que cresce quando é rolada por uma mão invisível. Permiti que esta pedra mística seja posta em movimento. CSa 220 2 O Senhor me instruiu a advertir aqueles que no futuro estabelecerem sanatórios em novos lugares, a começarem sua obra com humildade, consagrando suas habilidades a Seu serviço. As construções erigidas não devem ser grandes ou dispendiosas. Devem-se estabelecer pequenos sanatórios em conexão com as nossas escolas de treinamento. Devem-se reunir nesses sanatórios moços e moças que possuam habilidade e consagração -- aqueles que se guiem a si mesmos no amor e temor de Deus; que, quando prontos para a colação de grau, não achem que sabem tudo o que necessitam conhecer, mas estudem com diligência e pratiquem cuidadosamente as lições dadas por Cristo. A justiça de Cristo irá à frente, e a glória de Deus será a sua retaguarda. O sanatório de Sydney deve ser educativo CSa 221 1 O Senhor tem repetidamente dado instrução com respeito à importância desta instituição e da necessidade de seu estabelecimento. Ele deseja que o sanatório seja construído para que possamos cooperar com Suas instrumentalidades na suavização dos sofrimentos da humanidade. CSa 221 2 Na obra do sanatório, médicos, enfermeira-chefe e demais enfermeiras devem cooperar com Deus na restauração da saúde aos doentes. Ao fazerem isso, cooperam com Ele na restauração de Sua imagem na alma. Não limitemos o Santo de Israel. Não está Cristo oficiando por nós no santuário celestial, à direita de Deus? Não está Ele fazendo intercessão por aqueles que estão sofrendo fisicamente e pelos que estão sofrendo espiritualmente? Ele os convida a virem Àquele que foi morto, mas está vivo para todo o sempre. CSa 221 3 Deus deseja que os sofredores seres humanos sejam ensinados a evitar as doenças pela prática de hábitos corretos no comer, beber e vestir-se. Muitos que estão sofrendo sob o poder opressivo de práticas pecaminosas, poderiam ser restaurados à saúde mediante uma inteligente observância das leis da vida e da saúde, pela cooperação com Aquele que morreu, a fim de que eles pudessem ter vida eterna. Esse é o conhecimento que os homens e as mulheres necessitam. Precisam eles ser ensinados a estudar as leis divinas dadas por Cristo para o bem de toda a humanidade. Esse é o trabalho que deve ser feito em nosso sanatório. CSa 221 4 As instrumentalidades divinas devem procurar seguir os passos do divino Médico. Aqueles que vêm ao sanatório devem ser ensinados a cuidar do corpo, lembrando-se das palavras: "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus* no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. Sim, somos propriedades de Deus, e o caminho da obediência às leis naturais é o caminho certo para o Céu. Aquele que é convertido de erros no comer, beber e vestir-se, está sendo preparado para ouvir e receber a verdade em um coração bom e disposto. Ao porem em prática as leis da Natureza e receberem a renovadora graça de Deus na alma, muitos obtêm uma nova dotação de vida física e espiritual. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. Permiti que a voz da sabedoria seja ouvida, pois "os seus caminhos são caminhos de delícia, e todas as suas veredas paz". Provérbios 3:17. ... A glória do evangelho CSa 222 1 É a glória do evangelho que está fundamentada sobre o princípio de restaurar na raça caída a imagem divina por meio da constante manifestação de benevolência. Essa obra começou nas cortes celestiais. Aí Deus resolveu dar aos seres humanos inconfundível demonstração do amor com o qual Ele os considerava. Ele "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. CSa 222 2 A Divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção. A fim de levarem a cabo plenamente esse plano, foi decidido que Cristo, o unigênito Filho de Deus, Se desse a Si mesmo em oferta pelo pecado. Que linha pode medir a profundidade deste amor? Deus tornaria impossível ao homem dizer que Ele poderia ter feito mais. Com Cristo deu Ele todas as riquezas do Céu, para que coisa alguma pudesse faltar no plano de soerguimento do homem. Eis o amor -- a contemplação do qual encherá a alma de inexprimível gratidão! Oh! que amor, que incomparável amor! A contemplação desse amor purifica a alma de todo egoísmo. Levará o discípulo a renunciar a si mesmo, tomar a cruz e seguir o Redentor. Todos devem ter uma parte CSa 223 1 O estabelecimento de igrejas e sanatórios é apenas mais uma manifestação do amor de Deus, e nesta obra todo o povo de Deus deve ter uma parte. Cristo instituiu Sua igreja aqui na Terra com o propósito expresso de revelar por meio dos membros a graça de Deus. Por todas as partes do mundo o Seu povo deve erigir monumentos de Seu sábado -- o sinal entre Si e eles de que Ele é Aquele que os santifica. Dessa maneira devem eles mostrar que voltaram à sua lealdade e se colocaram firmemente ao lado dos princípios de Sua lei. Vantagens da agricultura CSa 223 2 O Senhor permitiu que fogo consumisse os principais edifícios da Review and Herald e do sanatório, e dessa maneira removeu a maior objeção apresentada contra a mudança de Battle Creek. Era seu desígnio que em lugar de reconstruir o mesmo grande edifício, nosso povo criasse instalações em vários lugares. Estes sanatórios menores deveriam ter sido estabelecidos onde se pudesse conseguir terra para fins de agricultura. É plano de Deus que a agricultura esteja relacionada com a obra de nossos sanatórios e escolas. Nossos jovens precisam de educação que deve ser alcançada por essa espécie de trabalho. É bom, e mais do que bom -- é indispensável -- que se façam esforços para levar avante o plano de Deus neste sentido. -- Testimonies for the Church 8:227, 228 (1903). Uma advertência contra a centralização CSa 224 0 Santa Helena, Califórnia, 4 de Setembro de 1902 CSa 224 1 Aos dirigentes de nossa Obra Médica: Caros irmãos: O Senhor atua imparcialmente em todas as partes de Sua vinha. São os homens que desorganizam a Sua obra. Ele não concede ao Seu povo o privilégio de coletar grandes somas de dinheiro para estabelecer instituições nuns poucos lugares, de modo que nada fique para instalar instituições similares noutros lugares. CSa 224 2 Muitas outras instituições devem ser fundadas nas cidades da América do Norte, especialmente na parte sul, onde até agora pouco tem sido feito. Nos países estrangeiros, devem empreender-se e dirigir-se com êxito muitos empreendimentos missionário-médicos. A fundação de sanatórios é tão importante na Europa e noutras terras estrangeiras, quanto o é nos Estados Unidos. CSa 224 3 Quer o Senhor que Seu povo compreenda devidamente a espécie de trabalho que tem de ser realizada, bem como a sua parte como administrador fiel e prudente na inversão dos capitais. No tocante à construção de edifícios, quer Ele que se calcule o gasto a fim de saber-se se há dinheiro suficiente para terminar o empreendimento. Quer, também, que lembremos que não se deve concentrar todo o dinheiro de modo egoísta nuns poucos lugares somente, mas convém ter em conta outros, muito numerosos, onde também têm de ser fundadas instituições. Economia e beneficência CSa 224 4 Das instruções que recebi, depreende-se que os administradores de todas as nossas instituições, especialmente dos sanatórios recém-fundados, devem economizar com cuidado para poder acudir em auxílio de instituições similares que devam ser* fundadas noutras partes do mundo. Mesmo que tenham em caixa boa quantidade de dinheiro, cumpre fazer planos com vistas para as necessidades do grande campo missionário de Deus. CSa 225 1 Não é a vontade de Deus que Seu povo construa sanatórios gigantescos em parte alguma. Em vez disso, convém fundar muitos deles. Não devem ser grandes, mas suficientemente equipados para realizarem um bom trabalho. CSa 225 2 Foram-me feitas advertências acerca da formação de enfermeiros e evangelistas missionários médicos. Não devemos centralizar esse preparo num único lugar. Em todos os sanatórios existentes é que devem ser preparados jovens de ambos os sexos para o trabalho missionário médico. O Senhor abrirá perante eles um caminho ao se porem a trabalhar para Ele. CSa 225 3 As provas evidentes do cumprimento das profecias, declaram que está próximo o fim de todas as coisas. Muito trabalho importante precisa ser feito fora e distante dos lugares em que, no passado, esteve grandemente concentrado. CSa 225 4 Ao canalizarmos água para irrigar um jardim, não tratamos de aguar uma parte somente, deixando as demais em secura completa, a bradarem: "Dá-nos água!" Isso, não obstante, representa a maneira em que a obra tem sido executada nuns poucos lugares, com o abandono do grande campo. Permanecerão desolados os lugares áridos? Não. Circule a água por todas as partes, levando consigo júbilo e fertilidade. Humildade e abnegação CSa 225 5 Nunca devemos confiar na reputação e categoria mundanas. Nunca, ao fundar instituições, deveremos buscar competir com as instituições mundanas em tamanho e esplendor. Alcançaremos a vitória, não erigindo edifícios maciços, nem rivalizando com os nossos oponentes, mas cultivando espírito cristão -- espírito manso e humilde. Mais valem a cruz e as esperanças frustradas, com a vida eterna afinal, do que viver como príncipes e perder o Céu. CSa 226 1 O Salvador da humanidade nasceu de pais humildes, num mundo mau e amaldiçoado por causa do pecado. Foi criado na obscuridade de Nazaré, pequena cidade da Galiléia. Começou o Seu trabalho na pobreza e sem alta linhagem mundana. Assim introduziu Deus o evangelho, de maneira inteiramente diversa da que muitos em nossos dias consideram aconselhável para a proclamação do mesmo evangelho. CSa 226 2 No próprio início da dispensação evangélica ensinou Ele à Sua igreja a não confiar na grandeza nem no esplendor mundanos, mas no poder da fé e da obediência. O favor de Deus é de maior valor que o ouro e a prata. O poder do Seu Espírito é de valor incalculável. CSa 226 3 Assim diz o Senhor: "Os edifícios só darão feição à Minha obra quando os que os erigem seguem a Minha instrução referente ao estabelecimento das instituições. Se os que, no passado, dirigiram e sustiveram a obra houvessem sido dominados de sentimentos puros e isentos de egoísmo, nunca teria havido acúmulo egoísta de grande quantidade dos Meus meios em um ou dois lugares. Instituições teriam sido estabelecidas em muitos lugares. As sementes da verdade, semeadas em muitos mais campos, teriam germinado e produzido fruto para Minha glória. CSa 226 4 "Os lugares que foram descuidados precisam agora merecer a vossa atenção. O Meu povo precisa fazer uma obra rápida. Os que com pureza de propósito se consagrarem inteiramente a Mim, de corpo, alma e espírito, trabalharão segundo os Meus métodos e em Meu nome. Cada qual se manterá em seu lugar e olhará para Mim, Seu Guia e Conselheiro. CSa 227 1 "Eu instruirei o ignorante, e ungirei com colírio celestial os olhos de muitos que agora estão imersos em trevas espirituais. Suscitarei obreiros que executem a Minha vontade para prepararem um povo que subsista perante Mim no tempo do fim. Em muitos lugares que já deveriam haver sido providos de sanatórios e escolas, estabelecerei as Minhas instituições, as quais virão a ser centros de preparo de obreiros." Oportunidades providenciais CSa 227 2 O Senhor influenciará a mente de pessoas em setores inesperados. Alguns que aparentam ser inimigos da verdade, empregarão, pela providência divina, os seus meios para comprar propriedades e erigir edifícios. Com o tempo essas propriedades serão oferecidas à venda a preço muito inferior ao seu custo. Nossos irmãos reconhecerão nesses oferecimentos a mão da Providência, e comprarão assim propriedades excelentes para serem usadas na obra de educação. Planejarão e agirão com humildade, abnegação e sacrifício. Assim é que homens de posses estão inconscientemente preparando auxiliares que permitirão ao povo de Deus fazer a Sua obra avançar rapidamente. CSa 227 3 Em vários lugares serão compradas propriedades para serem usadas como sanatórios. Nossos irmãos devem estar alerta às oportunidades de comprar, distante das cidades, propriedades em que já haja edifícios e pomares em plena produção. A terra é uma propriedade valiosa. Junto aos nossos sanatórios deve haver terrenos, dos quais uma pequena parte pode ser usada para a construção de residências dos funcionários e de outras pessoas que se preparam para a obra missionário-médica. Dever para com os pobres CSa 228 1 Os gerentes dos sanatórios não devem reger-se pelos princípios que controlam outras instituições dessa espécie, nas quais os dirigentes, agindo com astúcia, muitas vezes são atenciosos para com os ricos, enquanto os pobres são negligenciados. Estes geralmente estão em grande necessidade de simpatia e conselho, os quais eles nem sempre recebem, embora em valor moral possam estar bem mais elevados na estima de Deus do que os mais ricos. O apóstolo Tiago deu instruções definidas com respeito à maneira pela qual devemos tratar os ricos e os pobres: CSa 228 2 "Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestidos preciosos, e entrar também algum pobre com sórdido vestido, e atentardes para o que traz o vestido precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fazeis distinção dentro de vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e herdeiros do reino que prometeu aos que O amam?" Tiago 2:2-5. CSa 228 3 Embora Cristo fosse rico nas cortes celestiais, não obstante Se tornou pobre para que por intermédio de Sua pobreza pudéssemos tornar-nos ricos. Jesus honrou os pobres ao participar de sua humilde condição. Por meio da história de sua vida devemos aprender como tratar os pobres. Alguns levam o dever da beneficência a extremos, e na realidade prejudicam os necessitados fazendo demais em favor deles. Os pobres nem sempre se esforçam como deviam. Conquanto eles não devam ser negligenciados e deixados a sofrer, devem ser ensinados a ajudar a si próprios.* CSa 229 1 A causa de Deus não deve ser passada por alto para que os pobres possam receber nossa principal atenção. Certa vez Cristo deu aos Seus discípulos uma lição muito importante neste particular. Quando Maria derramou o ungüento sobre a cabeça de Jesus, o ambicioso Judas fez um apelo em benefício dos pobres, murmurando contra aquilo que ele considerava um desperdício de dinheiro. Jesus, porém, defendeu o ato, dizendo: "Deixai-a, para que a molestais? Ela fez-Me boa obra. Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória." Marcos 14:6, 9. Por isto somos ensinados que Cristo deve ser honrado com a consagração do melhor de nossas posses. Se toda a nossa atenção for concentrada em atender as necessidades dos pobres, a causa de Deus será negligenciada. Ninguém sofrerá, se Seus despenseiros cumprirem o seu dever; mas a causa de Cristo deve estar em primeiro lugar. CSa 229 2 Os pobres devem ser tratados com tanto interesse e atenção quanto os ricos. O costume de honrar os ricos e desprezar e negligenciar os pobres é crime aos olhos de Deus. Os que estão cercados de todo conforto na vida, ou que são acariciados e mimados pelo mundo porque são ricos, não sentem a necessidade de simpatia e terna consideração como acontece com as pessoas cuja vida tem sido uma longa luta com a pobreza. Estes não têm senão pouca coisa nesta vida para torná-los felizes e alegres, e apreciarão a simpatia e o amor. Os médicos e auxiliares não devem em hipótese alguma negligenciar essa classe, pois se assim o fizerem poderão negligenciar a Cristo na pessoa de Seus santos. Responsabilidade da igreja CSa 229 3 Nosso sanatório foi construído para beneficiar a humanidade sofredora, ricos e pobres, de todo o mundo. Muitas de nossas igrejas não têm senão pequeno interesse nessa instituição, apesar de terem suficiente evidência de que ela é uma das instrumentalidades designadas por Deus para trazer homens e mulheres para a influência da verdade e salvar muitas almas. As igrejas que têm pobres entre elas não devem negligenciar a sua mordomia e lançar a carga dos pobres e enfermos sobre o hospital. Todos os membros das várias igrejas são responsáveis perante Deus por seus doentes. Devem eles carregar os próprios fardos destes. Se tiverem pessoas doentes entre eles, as quais desejam que sejam beneficiadas por tratamento, devem eles, se puderem, enviá-las ao sanatório. Ao fazerem isto, não só estarão favorecendo a instituição que Deus estabeleceu, mas estarão auxiliando aqueles que necessitam de ajuda, cuidando dos pobres como Deus deseja que o façamos. CSa 230 1 Não é plano de Deus que a pobreza desapareça do mundo. As classes sociais jamais deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições que caracteriza nossa raça é um dos meios pelos quais Deus tem pretendido provar e desenvolver o caráter. Muitos têm insistido com grande entusiasmo em que todos os homens devem ter parte igual nas bênçãos temporais de Deus; não era este, porém, o propósito do Criador. Cristo afirmou que sempre teremos conosco os pobres. Os pobres, bem como os ricos, são comprados por seu sangue; e, entre os Seus professos seguidores, na maioria dos casos, os primeiros O servem com singeleza de propósito, enquanto os últimos estão constantemente colocando as suas afeições nos tesouros terrenos, e Cristo é esquecido. Os cuidados desta vida e a ambição das riquezas eclipsam a glória do mundo eterno. Seria a maior desgraça que já sobreveio à humanidade se todos devessem ser colocados em posição de igualdade em possessões terrenas. Nossos sanatórios do sul da Califórnia CSa 231 1 Os médicos e ministros devem unir-se num esforço por levar os homens e mulheres a obedecerem aos mandamentos de Deus. Eles precisam estudar a íntima relação que existe entre a obediência e a saúde. Solene é a responsabilidade que repousa sobre os missionários médicos. Devem eles ser missionários na verdadeira acepção do termo. Os doentes e sofredores que se entregam ao cuidado dos assistentes em nossas instituições médicas não devem ser desapontados. Deve-se-lhes ensinar a viver em harmonia com o Céu. Ao aprenderem eles a obedecer à lei de Deus, serão ricamente abençoados física e espiritualmente. O valor da vida ao ar livre CSa 231 2 Jamais se deve perder de vista o valor da vida ao ar livre. Quão agradecidos devemos ser pelo fato de nos haver Deus proporcionado belas propriedades sanatoriais em Paradise Valley, em Glendale e Loma Linda! "Fora das cidades! fora das cidades!" -- tem sido a minha mensagem por anos. Não podemos esperar que os doentes se recuperem rapidamente quando estes são confinados dentro de quatro paredes, em alguma cidade, sem nenhuma visão exterior a não ser casas, casas, casas -- nada para animar, nada para incentivar. E não obstante, quão vagarosos são alguns para reconhecer que as cidades apinhadas não são lugares propícios à obra dos sanatórios! CSa 231 3 Mesmo no sul da Califórnia, não muitos anos atrás, houve alguns que foram favoráveis à construção de um grande edifício hospitalar no coração de Los Angeles. À luz da instrução que Deus me deu, não podíamos concordar com a execução de tal plano. Em visões da noite o Senhor me mostrou* propriedades devolutas no país, apropriadas para fins hospitalares, e para serem vendidas por preço muito inferior ao do custo original. Em busca de lugares adequados CSa 232 1 Levou algum tempo até que encontrássemos esses lugares. A princípio, conseguimos o Sanatório de Paradise Valley, próximo a San Diego. Poucos meses mais tarde, pela bondosa providência de Deus, a propriedade de Glendale veio ao conhecimento de nosso povo e foi adquirida e equipada para serviço. Veio, porém, luz, segundo a qual nossa obra de estabelecer sanatórios no sul da Califórnia não estava completa, e em diversas oportunidades foram dados testemunhos de que a obra médico-missionária devia ser feita em algum lugar da vizinhança de Redlands. CSa 232 2 Em um artigo publicado na The Review and Herald, de 6 de Abril de 1905, escrevi: CSa 232 3 "Em nossa viagem de volta a Redlands, quando o nosso trem passava por entre milhares de laranjeiras, pensei no esforço que deveria ser feito nesse belo vale para proclamar a verdade para este tempo. Identifiquei este trecho do sul da Califórnia como um dos lugares que se me haviam mostrado com a afirmação de que ele teria um sanatório completamente equipado. CSa 232 4 "Por que campos tais como Redlands e Riverside têm sido deixados quase inoperados? Quando olhei pela janela do carro e vi as árvores carregadas de frutos, pensei: Não poderiam esforços zelosos e cristãos ter produzido colheita igualmente farta em questões espirituais? Em poucos anos essas cidades foram edificadas e desenvolvidas, e ao olhar-lhes a beleza, e a fertilidade da região rodeá-las, ergueu-se perante mim uma visão do que poderia ter sido a colheita espiritual, tivessem sido empregados esforços zelosos e cristãos para a salvação de almas. CSa 233 1 "O Senhor gostaria de ter homens e mulheres de coragem e zelo a dirigirem Sua obra nestes lugares. A causa de Deus deve ter mais rápido avanço no sul da Califórnia do que teve no passado. Todos os anos milhares de pessoas visitam o sul da Califórnia em busca de saúde, e por vários métodos devemos procurar alcançá-las com a verdade. Devem elas ouvir a advertência para se prepararem para o grande dia do Senhor, o qual está bem perto de nós. ... CSa 233 2 Deus nos pede que apresentemos a verdade para este tempo àqueles que anualmente vêm de todas as partes da América para o sul da Califórnia. Os obreiros que podem falar às multidões devem localizar-se onde possam reunir as pessoas e dar-lhes a mensagem de advertência. Os ministros e colportores devem estar no local, buscando sua oportunidade de apresentar a verdade e realizar as reuniões. Que eles sejam rápidos em aproveitar oportunidades para colocar a verdade presente diante daqueles que não a conhecem. Que apresentem a mensagem com clareza e poder, a fim de que os que têm ouvidos para ouvir possam ouvir." ... CSa 233 3 Lembremo-nos de que um instrumento muito importante é nossa obra médico-missionária. Nunca devemos perder de vista o grande objetivo para o qual nossos sanatórios são estabelecidos -- levar avante a conclusão da obra de Deus na Terra. CSa 233 4 Loma Linda não deve ser apenas um sanatório, mas um centro educativo. Com a posse desse lugar vem a pesada responsabilidade de realizar a obra da instituição educativa à altura. Uma escola deve ser estabelecida aí para o adestramento de evangelistas médicos-missionários. O Sábado em nossos sanatórios CSa 234 1 Fui instruída de que nossas instituições médicas devem ser testemunhas de Deus. Elas foram estabelecidas para aliviar os sofredores e aflitos, para despertar um espírito de indagação, para disseminar a luz e promover a reforma. Essas instituições, corretamente dirigidas, serão o meio de levarmos o conhecimento das reformas essenciais, perante muitos que, de outra maneira, ser-nos-ia impossível alcançar, a fim de prepararmos um povo para a vinda do Senhor. CSa 234 2 Muitos dos mantenedores de nossas instituições médicas mantêm elevado conceito quanto a habitar a presença de Deus na instituição que eles visitam, e são muito suscetíveis à influência espiritual que predomina. Se todos os médicos, enfermeiros e auxiliares estiverem andando circunspectamente diante de Deus, terão poder mais do que humano no trato com estes homens e mulheres. Toda instituição cujos auxiliares são consagrados, está impregnada do poder divino; e os pacientes não apenas obtêm alívio das enfermidades físicas, mas encontram o bálsamo sanador para sua alma enferma pelo pecado. CSa 234 3 Que os líderes do nosso povo salientem a necessidade de se manter uma poderosa influência religiosa em nossas instituições médicas. O Senhor deseja que estas sejam colocadas onde Ele possa ser honrado em palavras e obras, lugares onde Sua lei seja enaltecida e as verdades da Bíblia postas em evidência. Os missionários médicos devem fazer uma grande obra para Deus. Devem eles estar alerta e vigilantes, revestindo-se de cada peça da armadura cristã e lutando varonilmente. Devem ser leais ao seu Líder, obedecendo-Lhe aos mandamentos, inclusive aquele pelo qual revelam o sinal de sua ordem.* O sinal de nossa ordem CSa 235 1 A observância do sábado é o sinal entre Deus e Seu povo. Não nos envergonhemos de usar o sinal que nos distingue do mundo. Ao considerar este assunto durante a noite, recentemente, Aquele que possui autoridade aconselhou-me a examinar a instrução dada aos israelitas com respeito ao sábado. "Certamente guardareis Meus sábados", declarou-lhes o Senhor; "porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque santo é para vós. ... Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá. Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre." Êxodo 31:13-17. CSa 235 2 O sábado é sempre o sinal que distingue os obedientes dos desobedientes. Com magistral poder tem Satanás procurado tornar nulo e inútil o quarto mandamento, a fim de que o sinal de Deus seja perdido de vista. O mundo cristão tem calcado sob os pés o sábado do Senhor e observa o sábado instituído pelo inimigo. Deus, porém, tem um povo leal a Ele. Esta obra deve ser levada avante da maneira devida. O povo que leva o Seu sinal deve estabelecer igrejas e instituições como monumentos a Ele. Esses monumentos, conquanto humildes na aparência, testificarão constantemente contra o falso sábado instituído por Satanás, e em favor do sábado instituído pelo Senhor no Éden, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam. CSa 236 1 Um espírito de irreverência e negligência na observância do sábado é suscetível de manifestar-se em nossos sanatórios. Sobre os homens que têm a responsabilidade da obra missionário-médica, recai a incumbência de instruir médicos, enfermeiros e auxiliares no tocante à santidade do santo dia de Deus. Especialmente, deve cada médico esforçar-se para dar exemplo correto. A natureza das suas obrigações, naturalmente o leva a sentir-se justificado por fazer, no sábado, muitas coisas que deveria evitar. Na medida do possível deve ele planejar o seu trabalho de maneira tal que possa afastar-se das ocupações habituais. Os sofredores jamais devem ser negligenciados CSa 236 2 Muitas vezes, médicos e enfermeiros são chamados durante o sábado para atender ao enfermo, e algumas vezes lhes é impossível dispor de tempo para repouso e assistência aos cultos devocionais. As necessidades da humanidade sofredora não devem jamais ser negligenciadas. Por Seu exemplo o Salvador nos mostrou que é correto aliviar os sofrimentos no sábado. O trabalho desnecessário, porém, tal como tratamentos usuais e operações, que possam ser adiados, devem sê-lo. Faça-se com que os pacientes compreendam que os médicos e auxiliares precisam de um dia de repouso. Faça-se compreenderem que os obreiros temem a Deus, e querem santificar o dia que Ele separou para os Seus seguidores observarem como sinal entre Ele e eles. CSa 236 3 Os educadores e os que forem instruídos em nossas instituições médicas devem lembrar que a guarda correta do sábado tem muito valor para eles e para a clientela. Com a observância do sábado, que Deus manda santificar, apresentam eles o sinal da sua comissão, mostrando claramente que estão ao lado do Senhor. Livres de embaraços mundanos CSa 237 1 Agora e sempre teremos que manter-nos como um povo separado e peculiar, isento de toda a prática mundana, sem compromissos de confederação com os que não possuem sabedoria para discernir os reclamos de Deus, tão claramente expostos em Sua lei. Todas as nossas instituições médicas são estabelecidas como instituições adventistas do sétimo dia, para representarem os vários aspectos da obra evangélica missionário-médica, e assim preparar o caminho para a vinda do Senhor. Devemos mostrar que procuramos agir em harmonia com o Céu. Temos que dar a todas as nações, e tribos, e línguas, testemunho de que somos um povo que ama e teme a Deus, um povo que santifica o Seu memorial da criação, que é, entre Ele e os Seus filhos obedientes, o sinal de que Ele os santifica. E devemos nitidamente mostrar a nossa fé na breve vinda de nosso Senhor nas nuvens do céu. CSa 237 2 Como povo, temos sido grandemente humilhados com o procedimento que alguns de nossos irmãos ocupantes de cargos de responsabilidade têm tido ao se apartarem dos limites antigos. Há os que, com o fito de executarem os seus planos, por palavras negaram a sua fé. Mostra isto a pouca confiança que podemos depositar na sabedoria e critério humanos. Agora, como nunca dantes, precisamos ver o perigo de ser incautamente desviados da fidelidade aos mandamentos de Deus. É-nos preciso reconhecer que Deus nos confiou uma mensagem categórica de advertência para o mundo, assim como confiou a Noé uma mensagem de advertência para os antediluvianos. CSa 237 3 Guarde-se o nosso povo de minimizar a importância do sábado, para se unirem aos incrédulos. Guarde-se de apartar-se dos princípios de nossa fé, fazendo aparentar que não há mal em conformar-se com o mundo. Temam atentar para o conselho de homem algum, qualquer que seja a sua posição, que vá contra aquilo que Deus estabeleceu para manter o Seu povo separado do mundo. CSa 238 1 O Senhor está provando Seu povo, para ver quem se manterá fiel aos princípios de Sua verdade. Nossa tarefa consiste em proclamar ao mundo a primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Na desincumbência de nossas obrigações não devemos menosprezar nem temer os adversários. Não consta da ordem divina que, por meio de contratos, nos liguemos aos que não pertencem à nossa fé. Devemos tratar com bondade e cortesia os que se recusam a ser fiéis a Deus, mas nunca a eles nos unir em concílios que visem aos interesses vitais de Sua obra. Pondo a nossa confiança em Deus, devemos avançar constantemente, fazendo o Seu trabalho, com abnegação, com humilde confiança nEle, confiando-nos às Suas providências tanto nós mesmos como tudo quanto se relaciona com o nosso presente e futuro, retendo firmemente o princípio da nossa confiança até o fim, lembrando que não recebemos as bênçãos do Céu pelos nossos merecimentos, mas pelos méritos de Cristo e nossa aceitação da abundante graça divina pela fé nEle. Chamado para ser um povo santo CSa 238 2 Oro para que os meus irmãos reconheçam que a terceira mensagem angélica tem muita significação para nós, e que a observância do verdadeiro sábado se destina a ser o sinal que distingue os que servem a Deus dos que O não servem. Acordem os que ficaram sonolentos e indiferentes. Somos convidados para ser santos, e devemos cuidadosamente evitar dar a impressão de que pouco importará o retermos ou não os traços distintivos de nossa fé. Sobre nós recai a solene obrigação de assumir atitude mais firme em prol da verdade e da justiça, do que fizemos no passado. A fronteira de demarcação entre os que guardam os mandamentos de Deus e os que não guardam deve ser revelada com clareza inequívoca. Devemos conscienciosamente honrar a Deus, usando diligentemente todos os meios para manter relações de concerto com Ele, a fim de recebermos as Suas bênçãos -- bênçãos tão necessárias para quem irá ser provado com tamanha severidade. Dar a impressão de que nossa fé, nossa religião, não nos é um poder dominante na vida, equivale a desonrar grandemente a Deus. Em assim fazendo, desviamo-nos dos Seus mandamentos, que são a nossa vida, negando que Ele é o nosso Deus e nós os Seus filhos. Sanatórios suntuosos, uma desnecessidade CSa 239 1 Foi-me muitas vezes mostrado que não é sábio erigir instituições gigantescas. Não é pelo tamanho de uma instituição que deve ser avaliada a grandeza da obra em prol das almas. Um sanatório gigantesco exige muitos obreiros. E onde muitos deles estiverem reunidos, é sobremodo difícil manter padrão elevado de espiritualidade. Numa instituição grande costuma acontecer que os cargos de responsabilidade são desempenhados por obreiros faltos de espiritualidade, que não exercem sabedoria no procedimento com os que, se fossem sabiamente tratados, seriam despertados, convencidos e convertidos. CSa 239 2 Não foi feita em nossos sanatórios, a quarta parte do trabalho que poderia haver sido feito, de abrir as Escrituras aos pacientes, e isso teria sido feito em nossos sanatórios se os próprios obreiros houvessem recebido ampla instrução religiosa. CSa 239 3 Onde muitos obreiros estão reunidos num lugar, é necessária uma administração de grau espiritual muito mais elevado do que em geral tem sido mantida em nossos grandes sanatórios. -- Testimonies for the Church 7:102, 103 (1902). Diversões em nossos sanatórios CSa 240 1 Os que têm a responsabilidade do sanatório devem ser sobremodo cuidadosos de que as diversões não sejam de molde a rebaixar o padrão de cristianismo, colocando esta instituição em pé de igualdade com outras e debilitando o poder da verdade divina na mente daqueles que com ela estão relacionados. Os entretenimentos mundanos ou teatrais não são necessários à prosperidade do sanatório ou à saúde dos pacientes. Quanto mais lhes for apresentado este tipo de diversões tanto menos eles se sentirão satisfeitos, a não ser que alguma coisa dessa espécie lhes seja oferecida continuamente. A mente está sempre na expectativa de alguma coisa nova e excitante, exatamente aquilo que ela não deve receber. E se esses entretenimentos são permitidos uma vez, são aguardados novamente, e os pacientes perdem o seu gosto por qualquer arranjo simples para ocupar o tempo. Mas repouso, mais do que excitação, é o de que necessitam os pacientes. CSa 240 2 Assim que essas diversões são introduzidas, as objeções para não ir a casas de espetáculos são removidas de muitas mentes, e a alegação de que cenas morais de alto padrão vão ser representadas no teatro faz ruir a última barreira. Os que desejariam permitir essa espécie de divertimentos no sanatório fariam melhor se buscassem de Deus sabedoria para guiarem estas pobres, famintas e sedentas almas à Fonte da alegria, paz e felicidade. CSa 240 3 Depois que houve um afastamento do caminho reto, é difícil voltar. As barreiras foram removidas e derribadas as salvaguardas. Um passo em direção errada prepara o caminho para outro. Um único copo de vinho pode abrir a porta da* tentação que levará a hábitos de embriaguez. A condescendência com um único sentimento de vingança pode abrir o caminho para um cortejo de sentimentos que terminarão em assassínio. O menor desvio do direito e dos princípios levará à separação de Deus, e poderá terminar em apostasia. ... Exige menos tempo e trabalho corromper os nossos caminhos diante de Deus do que implantar no caráter hábitos de justiça e verdade. Tudo aquilo a que um homem se acostuma, seja sua influência boa ou má, ele acha difícil abandonar. CSa 241 1 Os administradores dos sanatórios podem igualmente concluir, desde logo, que jamais serão capazes de satisfazer essa espécie de mentes que só pode encontrar felicidade em alguma coisa nova e excitante. Para muitas pessoas este tem sido o seu regime dietético intelectual durante toda a sua vida; há dispépticos tanto mentais como físicos. Muitos estão sofrendo muito mais de males da alma do que de enfermidades do corpo, e não encontrarão alívio enquanto não forem a Cristo, o manancial da vida. Os queixumes de fadiga, solidão e descontentamento cessarão então. As alegrias que satisfazem comunicarão vigor à mente, e saúde e energia vital ao físico. CSa 241 2 Se os médicos e obreiros se iludirem a si mesmos com o pensamento de que devem encontrar uma panacéia para os diversos males de seus pacientes, suprindo-os com uma série de entretenimentos semelhantes aos que têm constituído a maldição de sua vida, eles serão desapontados. Não permitais que estes divertimentos sejam colocados no lugar que a Fonte da vida deve ocupar. A alma faminta e sedenta continuará a ter fome e sede enquanto participar destes prazeres que não satisfazem. Mas aqueles que bebem da água da vida não mais terão sede de entretenimentos frívolos, sensuais e excitantes. Os princípios enobrecedores da religião fortalecerão as energias mentais e destruirão o gosto por estas satisfações. Animai-vos uns aos outros CSa 242 1 Na construção de nossos sanatórios, devemos precaver-nos cuidadosamente contra qualquer extravagância no emprego de nossos meios. É nosso dever conhecer a simplicidade. Há ainda uns poucos lugares de especial importância e influência nos quais são mais necessárias melhores acomodações e mais salas do que a obra hospitalar em outros lugares. A impressão que desejamos fique na mente dos pacientes é antes a das verdades que ensinamos do que a da grandeza dos edifícios. CSa 242 2 Não temos muitos sanatórios. Há em nosso mundo um grande campo para a obra médico-missionária. Nossos hospitais devem ser quais luzes que brilhem em meio às trevas morais. Neles devem os enfermos e sofredores ver a operação miraculosa do poder de Cristo como revelado na vida dos obreiros. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens", disse Cristo, "para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. Que a lâmpada da luz da Palavra de Deus resplandeça inconfundivelmente. CSa 242 3 Fazei com que todas as coisas relacionadas com o sanatório e suas adjacências sejam conservadas em ordem e asseadas para que a obra possa permanecer elevada na estima das pessoas, e possa exercer sempre uma influência enaltecedora. ... Escolas próximas dos sanatórios CSa 242 4 Deve-se realizar uma obra educativa em conexão com todos os nossos sanatórios. Há uma íntima relação entre a obra de nossas escolas e nossos sanatórios e, onde quer que isto seja possível, há indiscutíveis vantagens em ter-se uma escola em* íntima ligação com um sanatório. Haverá em tal combinação claras vantagens para ambos os aspectos da obra. Proferi palavras de incentivo CSa 243 1 Não nos desencorajemos uns aos outros. Mantenhamo-nos unidos para tornar cada ramo da obra do Senhor um sucesso. Se alguém vem a vós e fala desencorajadoramente acerca do trabalho de uma ou outra de nossas instituições, dizendo-vos que elas são extravagantes além da medida, dizei-lhes: "Lamentamos se assim acontece, mas procuremos auxiliá-los se estiverem em dificuldade." Se assim falardes, podereis evitar muitos males que poderiam originar-se caso retirásseis vossa simpatia, e recusásseis auxiliar aqueles que, talvez, possam ter sido mal representados. Jamais desanimemos mesmo aqueles que tenham cometido erros, ao tratá-los como se eles tivessem cometido contra nós um pecado imperdoável. Procuremos antes encorajá-los por todos os meios possíveis, e se virmos que estão empenhados duramente em um empreendimento digno, empenhemo-nos com eles. ... CSa 243 2 Precisamos ser perseverantes na oração. É-nos grande privilégio podermos confiar nossa alma desvalida a Jesus Cristo e repousar para nossa salvação em Seus méritos. Profiramos palavras que elevem e enobreçam, e que causem agradáveis impressões na mente daqueles com quem conversamos. O Senhor deseja que sejamos santificados e andemos em humildade de espírito diante dEle. Se formos obedientes aos Seus mandamentos, nenhuma reprovação poderá merecidamente vir-nos. Outros podem falar de nós, podem espalhar más informações a nosso respeito, mas essas informações são improcedentes. Procedimento semelhante ao de Cristo CSa 243 3 Em nossas instituições, onde muitas pessoas de variados temperamentos são levadas a reunir-se, é necessário que cada um desenvolva um espírito de abnegação. Que ninguém considere ser seu dever moldar os outros por sua mente ou opiniões pessoais. Conquanto cada um manifeste individualidade, não obstante, deve esta ser uma individualidade que esteja sob o controle do Espírito Santo. Se formos bondosos e semelhantes a Cristo, haverá uma fusão dos corações e dos interesses que será benéfica a todos indistintamente. CSa 244 1 Nossos sanatórios devem ser instrumentos que comuniquem aos enfermos a saúde que reside na felicidade e paz da alma. Cada obreiro deve cooperar com o médico, pois pela manifestação da bondade e da ternura pode ele levar aos sofredores o bálsamo que sara. CSa 244 2 Cada qual é responsável perante Deus pelo uso que faz de suas habilidades. É ele responsável pela realização de um diário crescimento na graça. Que ninguém pense, ainda que teoricamente possa estar firme na verdade presente, que não comete erros. Se, porém, forem cometidas faltas, que haja presteza em corrigi-las. E evitemos tudo o que possa criar dissensão e contenda, pois há um Céu diante de nós, e entre os seus habitantes não haverá contenda. CSa 244 3 Devemos viver, não para exaltar-nos a nós mesmos, mas para que possamos, como filhinhos de Deus, fazer com o melhor de nossas habilidades a obra que Ele nos confiou. É nossa obrigação dar uma impressão correta aos outros. Nós nos estamos preparando para a eternidade, para o sanatório de cima, no qual o Grande Médico enxugará para sempre as lágrimas de todos os olhos, e onde as folhas da árvore da vida serão para a saúde das nações. Pontos de vista denominacionais não devem ser impostos aos pacientes CSa 245 1 A religião de Cristo não deve ser colocada em segundo plano, e seus santos princípios sacrificados para receber a aprovação de qualquer classe, embora popular. Se a norma da verdade e santidade for rebaixada, o propósito de Deus não será atingido nessa instituição. CSa 245 2 Nossa fé peculiar, porém, não deve ser discutida com os pacientes. Suas mentes não devem ser desnecessariamente excitadas com assuntos em que diferem de nós, a não ser que eles próprios o desejem; e então se deve ter muito cuidado para não agitar a mente impondo-lhes nossa crença pessoal. O Instituto da Saúde* não deve ser considerado o melhor lugar para se entrar em debates sobre pontos de nossa fé nos quais diferimos das religiões do mundo em geral. Mantêm-se no Instituto reuniões de oração, nas quais todos podem tomar parte se desejarem; há, porém, uma porção de coisas sobre as quais nos demorarmos, com respeito à religião da Bíblia, sem entrar em desaconselháveis pontos de discórdia. A influência silenciosa realizará mais do que o entrar em controvérsia aberta. CSa 245 3 Em exortações nas reuniões de oração, alguns guardadores do sábado têm achado que devem apresentar o sábado e a mensagem do terceiro anjo, do contrário não terão liberdade. Isto é característico dos espíritos acanhados. Os pacientes não relacionados com a nossa fé não sabem o que quer dizer tríplice mensagem angélica. A introdução desses termos sem uma explicação clara deles, traz apenas prejuízo. Devemos ir ao encontro das pessoas onde elas estão, e não obstante não precisamos sacrificar nenhum princípio da verdade. A reunião de oração se provará uma bênção para os pacientes, para os* auxiliares e médicos. Breves e interessantes períodos de oração e testemunho, aumentarão a confiança dos pacientes em seus médicos e auxiliares. Os auxiliares não devem ser privados dessas reuniões pelo trabalho, a não ser que seja inteiramente necessário. Eles necessitam delas e devem desfrutá-las. CSa 246 1 Ao serem assim mantidas reuniões regulares, os pacientes adquirirão confiança no Instituto e se sentirão mais em casa. E dessa maneira é preparado o caminho para que a semente da verdade lance raízes em alguns corações. Essas reuniões interessam de modo especial a alguns que professam ser cristãos e causam uma impressão favorável sobre aqueles que não o professam. Desenvolve-se a confiança mútua e o preconceito é diminuído e, em muitos casos, completamente erradicado. Em conseqüência há uma ansiedade para assistir às reuniões de sábado. Aí, na casa de Deus, é o lugar de expressar nossos sentimentos denominacionais. Aí o ministro pode demorar-se em esclarecimentos sobre os pontos essenciais da verdade presente, e, no espírito de Cristo, com amor e ternura, apelar a todos sobre a necessidade de obediência a todas as reivindicações divinas, e deixar que a verdade convença os corações. A todas as seitas e classes CSa 246 2 Devemos convidar a todos -- altos e baixos, ricos e pobres, todas as seitas e classes -- para participarem dos benefícios de nossas instituições médicas. Recebemos em nossas instituições pessoas de todas as denominações. Mas quanto a nós mesmos, somos estritamente denominacionais; somos sagradamente denominados por Deus e estamos sob Sua teocracia. Não devemos, porém, imprudentemente fazer pressão sobre nenhum dos pontos peculiares de nossa fé. -- Testimonies for the Church 7:109 (1902). Tratamento médico, viver correto e oração CSa 247 1 Vi que o motivo por que Deus não ouvia mais plenamente as orações de Seus servos pelos doentes entre nós, era que Ele não podia ser glorificado nisto enquanto eles estivessem violando as leis da saúde. E vi também ser Seu desígnio que a reforma da saúde e o Instituto de Saúde preparem o caminho para que a oração da fé possa ser plenamente atendida. A fé e as obras devem andar de mãos dadas no aliviar os aflitos que há entre nós, e em prepará-los para glorificar a Deus aqui e serem salvos na vinda de Cristo. Deus não permita que esses sofredores fiquem decepcionados e ofendidos por verificarem que os dirigentes do Instituto trabalham apenas segundo o ponto de vista mundano, em vez de aliarem à prática da reforma de saúde, ao tratá-los, as virtudes e bênçãos de pais e mães em Israel. CSa 247 2 Ninguém tenha a idéia de que o Instituto é um lugar a que se deva ir para ser restabelecido pela oração da fé. Ali é um lugar em que se deve ser aliviado das doenças mediante tratamento e corretos hábitos de vida, e aprender a evitar enfermidades. Mas se há debaixo do céu um lugar em que, mais que em outros, sejam feitas por homens e mulheres devotos e de fé, orações de molde a acalmar, orações cheias de espírito compassivo, esse lugar deve ser um instituto dessa natureza. Os que tratam os doentes devem agir em sua importante obra, com forte confiança em Deus de que Suas bênçãos acompanhem os meios por Ele graciosamente providos, e para os quais em misericórdia nos chamou a atenção como um povo, isto é, o ar puro, o asseio, o saudável regime alimentar, os devidos períodos de trabalho e de repouso, e o emprego da água. Não devem eles ter nenhum interesse egoísta a par desta importante e solene obra. -- Testimonies for the Church 1:561 (1865). Centros de influência e adestramento CSa 248 1 O Senhor ordenou que os sanatórios sejam estabelecidos em diversos lugares como monumentos Seus. Este é um dos meios por Ele escolhidos para proclamar a terceira mensagem angélica. Por esse meio a verdade alcançará a muitos que, não foram estes instrumentos, jamais seriam iluminados pela luz da mensagem do evangelho. Na apresentação da verdade, alguns serão atraídos por um aspecto da mensagem do evangelho e outros por outro. Somos instruídos pelo Senhor a trabalhar de tal maneira que todas as classes sejam atingidas. A mensagem deve ir a todo o mundo. A obra de nossos sanatórios destina-se a ajudar a elevar o número do povo de Deus. Por meio desse ramo de atividade missionária os infiéis se converterão. Em face dos maravilhosos restabelecimentos que se realizam em nossos sanatórios, muitos serão levados a olhar para Cristo como o restaurador da alma e do corpo. CSa 248 2 Devem-se escolher para cuidar dessas instituições, obreiros que se sacrificam, que têm completa fé em Deus. Homens e mulheres competentes, que desempenhem a função de enfermeiros, devem confortar e auxiliar os enfermos e sofredores. Nossos sanatórios devem ser quais luzes a brilharem em lugar escuro, pois os médicos, enfermeiros e auxiliares refletem a luz da justiça de Cristo. ... CSa 248 3 Os sanatórios devem ser bem fundados e dirigidos para que se tornem de caráter educativo. Devem eles mostrar ao mundo a benignidade do Céu. Embora não seja percebida a presença visível de Cristo, não obstante podem os obreiros reclamar a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Ele afirmou aos Seus seguidores que aos que O amam e temem dará Ele poder para continuarem a obra que iniciou. Ele andou fazendo* o bem, ensinando os ignorantes e curando os enfermos. Sua obra não parou com uma demonstração de Seu poder sobre a doença. Fez Ele de cada operação de cura uma ocasião para implantar no coração os divinos princípios de Seu amor e bondade. Da mesma forma devem agir Seus seguidores. Cristo não está mais neste mundo em pessoa, mas nos incumbiu de levar avante a obra médico-missionária por Ele iniciada; e nessa obra devemos fazer o melhor possível. Para o favorecimento desta obra devem-se estabelecer instituições para o cuidado dos enfermos, onde os homens e mulheres que padecem de enfermidades possam ser colocados sob os cuidados de médicos e enfermeiras tementes a Deus. CSa 249 1 Deve a verdade, em nossos sanatórios, ser alimentada e não banida nem ocultada da vista; e deles deve a luz da presente verdade brilhar em claros e distintos raios. Essas instituições são instrumentos do Senhor para a restauração de uma moralidade pura e elevada. Não as estabelecemos como um comércio especulativo, mas para ajudar os homens e as mulheres a seguirem hábitos corretos de vida. Os que agora são ignorantes devem tornar-se sábios. O sofrimento deve ser minorado e restaurada a saúde. As pessoas devem ser ensinadas como, exercendo cuidado em seus hábitos, podem elas conservar-se bem. Cristo morreu para salvar os homens da ruína. Nossos sanatórios devem ser a Sua mão ajudadora, ensinando os homens e mulheres a viver de tal maneira que possam honrar e glorificar a Deus. Caso esta obra não seja realizada em nossos sanatórios, aqueles que os estão dirigindo cometerão um grande erro. A alta vocação dos obreiros de nossos sanatórios CSa 250 1 Os obreiros de nossos sanatórios foram chamados para uma alta e santa vocação. Precisam eles compreender, melhor do que no passado, o caráter sagrado da sua ocupação. O trabalho que executam e o alcance da influência que exercem, deles exigem esforço fervoroso e consagração irrestrita. CSa 250 2 Em nossos sanatórios os enfermos e sofredores devem ser induzidos a compreender que tanto precisam de auxílio espiritual como da cura física. Devem-se-lhes proporcionar todos os elementos para o restabelecimento da saúde física; é preciso fazer-lhes ver, também, o que significa ser abençoado com a luz e a vida de Cristo, o que representa a comunhão com Ele. Devem ser levados a ver que a graça de Cristo na alma eleva o ser todo. E maneira nenhuma melhor existe de aprenderem acerca da vida de Cristo, do que a verem revelada na dos Seus seguidores. CSa 250 3 O obreiro fiel mantém os olhos fixos em Cristo. Lembrando que a sua esperança de vida eterna deve-a ele à cruz de Cristo, está decidido a não desonrar jamais quem por ele deu a vida. Interessa-se profundamente nos sofrimentos da humanidade. Ora e trabalha, cuidando das almas como quem delas deverá dar conta, sabendo que são dignas da salvação as almas que Deus põe em contato com a verdade e a justiça. Nossos obreiros de sanatórios estão empenhados numa luta santa. Devem apresentar aos enfermos e sofredores a verdade tal qual é em Jesus; devem apresentá-la em toda a sua solenidade, não obstante com simplicidade e ternura tais que as almas sejam atraídas para o Salvador. Sempre, por preceito e por exemplo, exaltarão a Cristo como a esperança de* CSa 250 4 vida eterna. Nenhuma palavra áspera deve ser proferida, nem praticado ato algum egoísta. Os obreiros devem tratar todos com bondade. Suas palavras devem ser corteses e amáveis. Os que mostram verdadeira modéstia e cortesia cristã ganharão almas para Cristo. Atmosfera de paz CSa 251 1 Devemos esforçar-nos para restabelecer a saúde física e espiritual dos que recorrem aos nossos sanatórios. Preparemo-nos, pois, para subtraí-los durante certo tempo desse ambiente que os afastou de Deus, e pô-los em atmosfera mais pura. Fora de casa, rodeados das belas coisas que Deus fez, respirando ar puro e saudável, é mais fácil falar ao doente acerca da nova vida que há em Cristo. Ali a Palavra de Deus pode ser ensinada. Ali os raios da justiça de Cristo podem atingir os corações entenebrecidos pelo pecado. Com paciência e simpatia, levai os doentes a compreenderem que necessitam do Salvador. Contai-lhes que Ele é que dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. CSa 251 2 Precisamos compreender melhor o sentido destas palavras: "Desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento." Cantares 2:3. Elas não nos fazem evocar a lembrança de uma pressa febril, mas de um repouso sossegado. Muitos cristãos há que andam ansiosos e abatidos, muitos andam tão cheios de atividades que não podem achar tempo algum para repousar nas promessas de Deus, que procedem como se não pudessem gozar paz e tranqüilidade. A todos esses, Cristo dirige o convite: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. CSa 251 3 Desviemo-nos das estradas quentes e poeirentas da vida, para repousar à sombra do amor de Cristo. Ali nos fortaleceremos para a luta. Ali aprenderemos a diminuir nossas lutas e preocupações e a falar e cantar para louvor de Deus. Aprendam de Cristo uma lição de confiante calma, os cansados e oprimidos. Se querem gozar paz e descanso, devem eles sentar-se à Sua sombra. A casa do tesouro da experiência CSa 252 1 Os que trabalham em nossos sanatórios devem possuir rica experiência cristã, porque a verdade lhes está implantada no coração e, como coisa santa, é nutrida pela graça de Deus. Arraigados e firmados na verdade, devem ter fé que opera por amor e purifica a alma. Constantemente pedindo bênçãos, devem manter as janelas da alma fechadas, na direção da Terra, para a atmosfera empestada do mundo, e abertas na direção do Céu, para receberem os brilhantes raios do Sol da Justiça. CSa 252 2 Quem se está preparando para assumir com conhecimento de causa o trabalho missionário-médico? Por meio desse trabalho, os que acorrem aos nossos sanatórios para ali se tratarem, devem ser guiados a Cristo e ensinados a unir à Sua força a fraqueza própria. Cada obreiro deve ser conscienciosamente eficiente. Então, em sentido elevado e amplo, pode ele apresentar a verdade tal qual é em Jesus. CSa 252 3 Os obreiros de nossos sanatórios estão continuamente expostos à tentação. São postos em contato com os incrédulos, e os que não estão firmados na fé serão prejudicados por essa aproximação. Mas os que estão firmados em Cristo enfrentarão os incrédulos como Ele os enfrentou, inflexíveis em sua obediência, sempre dispostos para dizer uma palavra oportuna e semear as sementes da verdade. Perseverarão em oração, mantendo firmemente a sua integridade, e dando provas diárias da coerência da sua religião. A influência de tais obreiros é uma bênção para muitos. Por meio de uma vida bem equilibrada levarão almas à cruz. O verdadeiro cristão dá testemunho constante de Cristo. Está sempre animoso, sempre disposto a dirigir palavras de esperança e conforto aos que sofrem. CSa 253 1 "O temor do Senhor é o princípio da ciência." Provérbios 1:7. Uma única frase da Escritura é de muito mais valor que dez mil idéias e argumentos humanos. Os que se recusam a seguir os caminhos de Deus receberão por fim a sentença: "Apartai-vos de Mim." Mas ao nos submetermos à vontade de Deus, o Senhor Jesus nos dirige a mente e põe nos lábios palavras de certeza. Podemos ser fortes no Senhor e na força do Seu poder. Recebendo a Cristo, somos revestidos do Seu poder. Ao habitar Cristo em nós, Sua força vem a ser nossa. Sua verdade será vista em nós abundantemente. Nenhuma injustiça é vista na vida. Poderemos falar palavras oportunas aos que não conhecem a verdade. A presença de Cristo no coração é um poder vitalizante que fortalece o ser todo. A auto-suficiência um perigo CSa 253 2 Foi-me mandado dizer aos obreiros de nossos sanatórios que a incredulidade e a presunção são os perigos contra que deverão estar em guarda constante. Devem combater o mal com zelo e ardor tais que os enfermos sintam a influência enobrecedora dos seus esforços abnegados. CSa 253 3 Nenhuma sombra de egoísmo deve manchar-nos o serviço. "Não podeis servir a Deus e a Mamom." Exaltai o Homem do Calvário. Exaltai-O por uma fé viva em Deus, a fim de que as vossas orações sejam ouvidas. Reconhecemos a proximidade a que Jesus chega de nós? Ele nos fala pessoalmente. Ele Se revelará a cada um que se disponha a revestir-se da Sua justiça. Declara Ele: "Eu te tomo pela tua mão direita." Isaías 41:13. Coloquemo-nos em lugar onde Ele nos possa tomar pela mão, onde Lhe possamos ouvir a voz, dizendo com segurança e autoridade: "E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre." Apocalipse 1:18. Substitutos saudáveis CSa 254 1 Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão a um tempo nutritivos e apetitosos. Isto se necessita especialmente no caso de pessoas fracas, ou carregadas de contínuo labor. Em alguns países em que é comum a pobreza, é a carne o alimento mais barato. Sob estas circunstâncias a mudança se efetuará sob maiores dificuldades; pode no entanto ser operada. Devemos, porém, considerar a situação do povo e o poder de um hábito de toda a vida, sendo cautelosos em não insistir indevidamente, mesmo quanto a idéias justas. Ninguém deve ser solicitado a fazer abruptamente a mudança. O lugar da carne deve ser preenchido com alimento são e pouco dispendioso. A esse respeito, muito depende da cozinheira. Com cuidado e habilidade se podem preparar pratos que sejam a um tempo nutritivos e saborosos, substituindo, em grande parte, o alimento cárneo. -- A Ciência do Bom Viver, 316, 317. ------------------------Seção 6 -- Obra institucional bem-sucedida O segredo do sucesso CSa 255 1 O sucesso do sanatório depende de sua permanência na singeleza da piedade e abstinência das loucuras do mundo no comer, beber, vestir-se e divertir-se. Deve ele ser reformatório em todos os seus princípios. Coisa alguma deve ser inventada para satisfazer as necessidades da alma e ocupar o lugar e o tempo que Cristo e Seu serviço demandam, pois isto destruirá o poder da instituição como instrumentalidade de Deus para converter as almas pobres e enfermas pelo pecado, que, ignorantes ao caminho de vida e paz, têm buscado a felicidade no orgulho e na loucura vã. CSa 255 2 "Estabelecido para um propósito verdadeiro" deve ser a posição de tudo o que se relaciona com o sanatório. Conquanto não devamos insistir junto aos pacientes para que aceitem a nossa fé, nem entrar em discussão religiosa com eles, nossas publicações, cuidadosamente selecionadas, devem estar à vista por quase todos os lugares. O elemento religioso deve predominar. Este tem sido e deverá ser ainda o poder dessa instituição. Não seja nossa instituição de saúde pervertida a serviço da profanação e da moda. Há muitas instituições de saúde em nossa terra que mais se parecem com um hotel do que com um lugar em que os enfermos e sofredores podem obter alívio de suas enfermidades físicas, e onde a alma enferma pelo pecado pode encontrar aquela paz e repouso em Jesus, não encontrada em qualquer outro lugar. Sejam os princípios religiosos evidenciados e assim mantidos; sejam a ostentação e a popularidade abandonadas; sejam a simplicidade e a modéstia, a bondade e a fidelidade visíveis por toda a parte; então o sanatório será justamente o que Deus desejava que fosse; então o Senhor o aprovará. -- Testimonies for the Church 4:586, 587 (1881). Cultura moral e intelectual CSa 256 1 Na visão que me foi dada em 9 de Outubro de 1878, foi-me mostrada a posição que nosso sanatório de Battle Creek deve ocupar, e o caráter e influência que devem ser mantidos por todos os que com ele se relacionem. Essa importante instituição foi estabelecida pela providência de Deus, e Sua bênção é-lhe indispensável ao êxito. Os médicos não são charlatães nem infiéis, mas homens que entendem do corpo humano e dos melhores métodos de tratamento das doenças, homens que temem a Deus e que têm fervente interesse pelo bem-estar moral e espiritual dos pacientes. Este interesse tanto pelo bem espiritual como físico não devem os administradores da instituição fazer esforço algum para ocultá-lo. Por uma vida de verdadeira integridade cristã podem eles dar ao mundo um exemplo digno de imitação; e não devem hesitar que se veja que ao lado de sua habilidade no tratamento das doenças, estão constantemente adquirindo sabedoria e conhecimento de Cristo, o maior professor que o mundo já conheceu. Devem eles manter-se em contato com a Fonte de toda a sabedoria, para tornarem o seu trabalho mais bem-sucedido. O poder da verdade CSa 256 2 A verdade tem poder para elevar o que a recebe. Se a verdade bíblica exercer a sua santificadora influência sobre o coração e o caráter, tornará os crentes mais inteligentes. O cristão compreenderá a sua responsabilidade para com Deus e para com os seus semelhantes, se estiver verdadeiramente relacionado com o Cordeiro de Deus, que deu a vida pelo mundo. Somente por meio de contínuo desenvolvimento das faculdades intelectuais e morais podemos esperar corresponder ao propósito de nosso Criador.* A ineficiência desagrada a Deus CSa 257 1 Deus Se desagrada com os que são demasiado indolentes e descuidados para se tornarem obreiros eficientes, bem informados. O cristão deve possuir mais inteligência e fina percepção que os mundanos. O estudo da Palavra de Deus dilata continuamente o espírito e fortalece o intelecto. Coisa alguma refinará e elevará tanto o caráter, e dará tanto vigor a toda faculdade, como o constante exercício da mente para compreender e apreender sérias e importantes verdades. CSa 257 2 A mente humana fica raquítica e debilitada quando se ocupa apenas de assuntos triviais, não se elevando nunca acima do nível das coisas temporais e sensíveis, para apreender os mistérios do invisível. O entendimento é gradualmente levado à altura dos assuntos com que constantemente se familiariza. A mente restringirá suas faculdades e perderá as aptidões de que é dotada, uma vez que não se exercite para adquirir mais conhecimentos, e se dilate para compreender as revelações do poder divino na Natureza e na Palavra Sagrada. CSa 257 3 Mas o conhecimento de fatos e teorias, embora possa ser importante em si mesmo, será de pouco valor real, a menos que se ponha em prática. Há perigo de que aqueles que obtiveram a sua educação principalmente de livros deixem de reconhecer que são noviços no que se refere ao conhecimento experimental. Isto é especialmente verdadeiro quanto aos que estão relacionados com o sanatório. Essa instituição necessita de homens de idéias e habilidade. Os médicos, superintendentes, enfermeira-chefe e auxiliares devem ser pessoas de cultura e experiência. Mas alguns deixam de compreender o que é necessário em um estabelecimento tal, e se arrastam, ano após ano, sem realizar um desenvolvimento significativo. Parecem estar estereotipados; cada dia que se sucede não é senão uma repetição do anterior. CSa 258 1 A mente e o coração desses obreiros rotineiros estão empobrecidos. As oportunidades estão diante deles; se fossem estudiosos, poderiam obter uma educação do mais alto valor, mas não consideram os seus privilégios. Ninguém deve estar satisfeito com sua educação atual. Todos podem estar-se diariamente qualificando para desempenhar alguma função de confiança. ... A influência de obreiros tementes a Deus CSa 258 2 Os obreiros inteligentes e tementes a Deus podem realizar uma grande soma de bens no sentido de reformar os que, como inválidos, vêm para ser tratados no sanatório. Essas pessoas estão enfermas, não apenas física, mas mental e moralmente. A educação, os hábitos e toda a vida de muitos têm sido errôneos. Não podem eles realizar em poucos dias grandes mudanças, necessárias à adoção de hábitos corretos. Devem ter tempo para considerar o assunto e aprender a maneira correta. Se todos os que estão ligados ao sanatório forem representantes corretos da verdade da reforma da saúde e de nossa fé sagrada, estarão exercendo uma influência no sentido de moldar a mente de seus pacientes. O contraste entre os hábitos errôneos e os que estão em harmonia com a verdade divina tem um poder convincente. CSa 258 3 O homem não é o que poderia ser e o que é a vontade de Deus que ele seja. O forte poder de Satanás sobre a raça humana mantém-na em um baixo nível; isto, porém, não precisa ser assim, do contrário Enoque não poderia ter-se tornado tão elevado e enobrecido a ponto de andar com Deus. O homem não precisa parar de crescer intelectual e espiritualmente durante a sua vida. A mente de muitos, porém, está por demais ocupada consigo mesma e com seus próprios interesses egoístas para desviar-se de qualquer lugar para mais altas e mais nobres reflexões. E o padrão de consecuções intelectuais bem como espirituais é muito baixo. Para muitos, quanto mais responsável a posição que ocupem, tanto mais contentes estão consigo mesmos; acariciam a idéia de que a posição comunica caráter ao homem. Poucos compreendem que têm perante si uma obra permanente de paciência, simpatia, caridade, senso de dever e fidelidade -- traços de caráter indispensáveis aos que ocupam posições de responsabilidade. Todos os que estão relacionados como o sanatório devem ter uma sagrada consideração para com os direitos dos outros, o que não é senão obediência aos princípios da lei de Deus. CSa 259 1 Alguns nesta instituição são lamentavelmente deficientes nas qualidades tão essenciais à felicidade de todos os que se acham em ligação com eles. Os médicos e os auxiliares dos vários ramos da obra devem guardar-se cuidadosamente da indiferença egoísta, da disposição anti-social, distante, pois isto desviará a afeição e confiança dos pacientes. Muitos que vêm ao nosso sanatório são pessoas de fino trato e sensíveis, de tato atilado e aguçado discernimento. Estas pessoas descobrem tais defeitos imediatamente, e os comentam. Os homens não podem amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos e serem ao mesmo tempo frios como gelo. Eles não somente privam a Deus do amor que Lhe é devido, mas privam o próximo também. O amor é uma planta de origem celeste e deve ser acariciada e nutrida. Corações afetuosos, palavras amáveis e verdadeiras, tornarão felizes as famílias e exercerão uma enaltecedora influência sobre todos os que se acham na esfera de sua influência. CSa 259 2 Aqueles que fazem o máximo de seus privilégios e oportunidades serão, em sentido bíblico, homens talentosos e educados; não meramente instruídos, mas educados no espírito, nas maneiras e no comportamento. Serão refinados, ternos, misericordiosos, afetuosos. ... Aprendizes e professores ao mesmo tempo CSa 260 1 Devemos ter sempre em mente que não somos apenas aprendizes, se não também professores neste mundo, preparando-nos a nós mesmos e a outros para uma esfera de ação mais elevada na vida futura. A medida de utilidade do homem consiste em saber a vontade de Deus e fazê-la. Está ao nosso alcance o poder de desenvolver-nos a tal ponto, em intelecto e maneiras, que Deus não Se envergonhe de nós próprios. Deve haver um padrão elevado no sanatório. Se houver em nossas fileiras homens de cultura, de poder intelectual e moral, devem ser chamados para a dianteira a fim de ocuparem posições em nossas instituições. CSa 260 2 Os médicos não devem ser deficientes em qualquer sentido. Um vasto campo de utilidade se abre diante deles, e, se não se tornarem peritos em sua profissão, terão que recriminar apenas a si mesmos. Devem eles ser diligentes estudantes; e, mediante rigorosa aplicação e constante atenção às particularidades, devem receber responsabilidades. Não deve ser necessário que alguém os fiscalize para ver se o seu trabalho é feito sem erros. CSa 260 3 Os que ocupam posições de responsabilidade devem educar-se e disciplinar-se de tal maneira que todos que lhes estiverem dentro da esfera de influência possam ver o que o homem pode tornar-se, e o que ele pode fazer, quando relacionado com o Deus da sabedoria e poder. E por que não deve um homem assim privilegiado tornar-se intelectualmente forte? Vez após vez têm as pessoas do mundo afirmado escarnecedoramente que aqueles que crêem na verdade presente são irresolutos, de educação deficiente, sem posição ou influência. Sabemos que isto é falso; mas não há alguma razão para estas afirmações? Muitos têm considerado indício de humildade ser inculto e ignorante. Tais pessoas desconhecem o que constitui verdadeira humildade e mansidão cristã. A reforma de saúde no sanatório CSa 261 1 Entre os maiores perigos para as nossas instituições de saúde está a influência de médicos, administradores e auxiliares que professam crer na verdade presente, mas que jamais ocuparam plenamente sua posição na reforma da saúde. Alguns não possuem nenhum escrúpulo de consciência no que tange à sua maneira de comer, beber e vestir-se. Como pode o médico ou qualquer outra pessoa apresentar o assunto tal como é, quando ele próprio condescende no uso de coisas prejudiciais? As bênçãos de Deus repousarão sobre todo esforço feito no sentido de despertar o interesse pela reforma da saúde, pois ela é necessária em toda parte. Deve haver um reavivamento com relação a este assunto, pois Deus Se propõe realizar muito por meio desse agente. CSa 261 2 A medicação de drogas, tal como é geralmente praticada, é uma calamidade. Educai em direção oposta às drogas. Usai-as cada vez menos, e confiai mais em métodos saudáveis; então a natureza corresponderá aos médicos de Deus -- ar puro, água pura, exercício apropriado, uma consciência limpa. Os que persistem no uso do chá, café, e alimentos cárneos sentirão necessidade de drogas, mas muitos se poderiam recuperar sem uma gota de remédio se obedecessem às leis da saúde. As drogas raramente necessitam ser empregadas. CSa 261 3 Se o coração for purificado pela obediência à verdade, não haverá nenhuma preferência egoísta, nenhum motivo corrupto; não haverá nenhuma parcialidade. O sentimentalismo doentio, cuja influência maléfica tem sido sentida em todas as nossas instituições, não deve ser desenvolvido. Deve-se ter grande cautela, a fim de que esta maldição não envenene ou corrompa nossas instituições de saúde. -- Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work, 42, 43 (1890). Resultados do esforço fiel CSa 262 1 Vi que havia grande excesso de meios entre o nosso povo, uma parte dos quais deveria ser posto no Instituto de Saúde. Vi também, que há muitos pobres dignos entre nosso povo, os quais estão enfermos e sofrendo e que têm estado a olhar para o Instituto à espera de auxílio, mas não estão em condições de pagar os preços regulares para mesa, tratamento, etc. O Instituto tem-se debatido arduamente com débitos nos últimos três anos, e não pode tratar pacientes, em nenhuma extensão considerável, sem pagamento integral. Agradaria a Deus que todo o nosso povo que está em condições de fazê-lo, fizesse depósitos liberais no Instituto, a fim de deixá-lo em condições de poder auxiliar os humildes e dignos pobres de Deus. Em conexão com isto, vi que Cristo Se identifica com a humanidade sofredora, e que o que temos o privilégio de fazer mesmo pelo menor dos Seus filhos, a quem Ele chama Seus irmãos, fazemos ao Filho de Deus. ... CSa 262 2 Erguer o Instituto de Saúde de sua baixa condição no outono de 1869 para seu presente próspero e sua esperançosa condição tem exigido sacrifícios e esforços dos quais seus amigos, que nele se acham internados, pouco sabem. Naquela época tinha ele um débito de trinta mil dólares, e não tinha senão oito pacientes que pagavam. E o que era pior, o procedimento dos administradores precedentes fora de molde a desanimar a tal ponto os seus amigos, que eles não tiveram ânimo de fornecer meios para eliminar o débito, ou recomendar os doentes a serem clientes do Instituto. Foi nesta situação desanimadora que meu esposo tomou a resolução de que a propriedade do Instituto deveria ser vendida para pagar os débitos, e o saldo, após o pagamento das dívidas, seria restituído aos acionistas proporcionalmente ao montante com que cada um* ajudou. Certa manhã, porém, ao orar no altar da família, o Espírito de Deus veio sobre ele ao estar suplicando a direção divina em assuntos relacionados com o Instituto, e ele exclamou, enquanto se achava prostrado de joelhos: "O Senhor cumprirá toda a palavra que Ele pronunciou através de visão, relacionada com o Instituto de Saúde, e ele será erguido de sua baixa condição e prosperará gloriosamente." CSa 263 1 Desde essa época tomamos nas mãos a direção da obra com fervor e temos trabalhado lado a lado pelo Instituto, para combater a influência de homens egoístas que a ele trouxeram embaraço. Temos dado de nossos meios, dando assim um exemplo aos outros. Temos estimulado a economia e a operosidade da parte de todos os relacionados com o Instituto, e temos instado que médicos e auxiliares trabalhem arduamente por pouco salário, até que o Instituto esteja novamente de todo restabelecido na confiança de nosso povo. Temos dado testemunho claro contra a manifestação de egoísmo em qualquer pessoa relacionada com o Instituto e temos aconselhado, e reprovado erros. Sabíamos que o Instituto de Saúde não teria êxito a não ser que as bênçãos do Senhor sobre ele repousassem. Se Suas bênçãos o assistissem, os amigos da causa confiariam em que ele era a obra de Deus e se sentiriam seguros ao empregarem meios para torná-lo um empreendimento vivo, a fim de que se tornasse capaz de preencher os desígnios de Deus. CSa 263 2 Os médicos e alguns dos auxiliares entregaram-se ao trabalho animosamente. Trabalharam com ardor sob grande desencorajamento. Os doutores Ginley, Chamberlain e Lamson trabalharam com zelo e energia, com pouca remuneração, para soerguer esta instituição deficitária. E, graças a Deus, o débito original foi pago e grandes acréscimos para a acomodação de pacientes foram feitos e pagos. A divulgação da Health Reformer, que se acha bem na base do sucesso do Instituto, foi duplicada, e ele se tornou um jornal vivo. A confiança no Instituto foi completamente restabelecida na mente da maioria de nosso povo, e tem havido tantos pacientes no Instituto, quase o ano todo, quantos podiam ser acomodados e devidamente tratados por nossos médicos. Manter um padrão elevado CSa 264 1 É muito mais fácil permitir que os assuntos de nossas instituições importantes prossigam de maneira frouxa, livre, do que eliminar aquilo que é ofensivo, que corrompe e destrói a confiança e a fé. Mas seria muito melhor ter um número de obreiros menor, realizar menos e, tanto quanto possível, manter os que estão empenhados na obra de todo o coração, firmes como uma rocha aos princípios, amando toda a verdade e sendo obedientes a todos os mandamentos de Deus. CSa 264 2 Aqueles que estão trajados de vestidos brancos, e que rodeiam o trono de Deus, não são compostos daquele grupo que era mais amigo dos deleites do que amigo de Deus, e que preferiu deixar-se levar pela corrente a enfrentar as ondas da oposição. Todos os que permanecem puros e incontaminados do espírito e influência prevalecentes nesta época, terão sérios conflitos. Eles passarão por grandes tribulações; lavarão suas vestiduras de caráter, e branqueá-las-ão no sangue do Cordeiro. Estes entoarão o cântico do triunfo no reino da glória. Aqueles que com Cristo sofrem serão participantes de Sua glória. -- The Review and Herald, 16 de Outubro de 1883. A localização dos sanatórios CSa 265 1 Os que têm algo que ver com a localização de nossos sanatórios devem estudar com oração o caráter e objetivo da nossa obra de saúde. Devem sempre lembrar que trabalham para restaurar no homem a imagem de Deus. Devem, por um lado, ministrar os remédios que aliviam o sofrimento físico, e, por outro, o evangelho, para o alívio dos sofrimentos da alma, provenientes do pecado. Assim, deverão trabalhar como verdadeiros missionários-médicos. Em muitos corações deverão eles semear as sementes da verdade. CSa 265 2 Nenhum egoísmo, nem ambição pessoal deverão ser permitidos na escolha da localização para os nossos sanatórios. Cristo veio a este mundo a fim de ensinar-nos a viver e a trabalhar. Aprendamos, pois, dEle, a não escolher para os nossos sanatórios os lugares que mais nos satisfaçam o gosto, mas os que mais convenham ao nosso trabalho. Fora das cidades CSa 265 3 Foi-me mostrado que em nossa obra missionário-médica perdemos muitas vantagens por deixarmos de reconhecer a necessidade de uma mudança de planos no que toca à localização dos sanatórios. A vontade de Deus é que essas instituições sejam localizadas fora da cidade. Devem ser localizadas no campo, em local o mais atraente possível. Na Natureza -- jardim do Senhor -- o enfermo sempre achará alguma coisa para desviar de si próprio a atenção, e elevar a Deus os pensamentos. CSa 265 4 Fui instruída de que os enfermos devem ser tratados fora do bulício das cidades, longe do ruído dos bondes e do contínuo barulho de carros e carroças. As pessoas que do interior* acorrem aos nossos sanatórios, apreciarão um lugar sossegado; e em lugares de retiro os pacientes serão mais bem influenciados pelo Espírito de Deus. Em meio às cenas da natureza CSa 266 1 O Jardim do Éden, lar de nossos primeiros pais, era extremamente belo. Graciosos arbustos e flores delicadas deleitavam os olhos a cada passo. Havia ali árvores de toda espécie, muitas delas carregadas de frutos fragrantes e deliciosos. Em seus galhos, trinavam os pássaros seus hinos de louvor. Adão e Eva, em sua pureza imaculada, deleitavam-se no que viam e ouviam no Éden. E hoje, embora o pecado haja lançado sombra sobre a Terra, Deus quer que Seus filhos se deleitem nas obras de Suas mãos. Localizar os nossos sanatórios em meio das cenas da Natureza equivale a seguir o plano de Deus; e quanto mais minuciosamente ele for seguido, tanto mais maravilhosamente procederá Deus na restauração da humanidade sofredora. Para as nossas instituições educativas e médicas devem ser escolhidos lugares onde, fora das nuvens escuras do pecado que cobrem as grandes cidades, possa nascer o Sol da Justiça, "trazendo curas nas Sua asas". Malaquias 3:2 (VB). CSa 266 2 Dêem os dirigentes de nossa obra instruções para que os nossos sanatórios sejam localizados na mais agradável das imediações, distante do bulício da cidade -- lugares em que, por meio de instrução sábia, o pensamento dos pacientes seja posto em contato com os pensamentos de Deus. Eu tenho repetidamente descrito esses lugares; mas dir-se-ia que não tem havido ouvidos para escutar-me. Ainda recentemente, a vantagem de localizar fora das cidades as nossas instituições, especialmente os nossos sanatórios e escolas, foi-me apresentada de maneira muitíssimo clara e convincente. Desfavoráveis os arredores de cidade CSa 267 1 Por que fazem os nossos médicos tanto empenho em localizarem-se nas cidades? A própria atmosfera das cidades está poluída. Nelas, os enfermos que têm hábitos depravados para vencer não podem ficar preservados de modo conveniente. Para os alcoólatras, os bares das cidades constituem uma tentação contínua. Localizar os nossos sanatórios onde estejam circundados de ambiente ímpio equivale a neutralizar os esforços feitos para restabelecer a saúde dos pacientes. CSa 267 2 No futuro, o estado de coisas nas cidades piorará mais e mais, e a influência do ambiente citadino será considerada desfavorável para o cumprimento da obra que aos nossos sanatórios compete. CSa 267 3 Do ponto de vista da saúde, a fumaça e o pó das cidades são extremamente prejudiciais. E os pacientes que estão grande parte do tempo confinados dentro de quatro paredes, sentem estar aprisionados dentro do quarto. Ao olharem por uma janela, nada mais vêem além de casas, casas, casas. Os que assim ficam retidos em quartos, inclinam-se a meditar em seus sofrimentos e infortúnios. Algumas vezes um inválido é envenenado por sua própria respiração. CSa 267 4 Muitos outros males resultam da localização de grandes instituições médicas nas grandes cidades. Efeitos da vida ao ar livre CSa 267 5 Por que se haverá de privar os pacientes da bênção restauradora achada na vida ao ar livre? Eu fui instruída de que, ao serem os doentes animados a abandonar o quarto e passar algum tempo ao ar livre, cultivando flores ou fazendo outro trabalho leve, agradável, seu espírito será desviado de si próprios para alguma coisa que lhes favoreça a cura. O exercício ao ar livre deveria ser prescrito como uma necessidade benéfica e vivificante. Quanto mais tempo possam os pacientes ser mantidos ao ar livre, de tanto menos cuidado necessitarão. Quanto mais alegre for o ambiente que os circunda, tanto mais esperança terão. Rodeai-os das belas coisas da Natureza; ponde-os onde possam ver as flores crescerem e ouvir os pássaros cantarem, e seu coração cantará em uníssono com o trinado deles. Encerrai-os em quartos, embora sejam elegantemente mobiliados, e eles ficarão tristes e irritados. Dai-lhes a bênção da vida ao ar livre; assim elevar-se-lhes-á a alma. Eles serão aliviados física e espiritualmente. CSa 268 1 "Fora das cidades", é a minha mensagem. Nossos médicos há muito deveriam haver estado bem despertos para este ponto. Espero, e creio que compreenderão agora a importância de saírem para o campo, e oro a Deus para que assim seja. Perigos da vida nas cidades CSa 268 2 Aproxima-se o tempo em que as cidades serão alvo dos juízos divinos. Dentro em pouco as cidades serão terrivelmente sacudidas. Não importa quais sejam as dimensões e a solidez dos edifícios, nem quais as precauções tomadas contra incêndios, quando Deus tocar esses edifícios, dentro de poucos minutos ou algumas horas ficarão reduzidos a escombros. CSa 268 3 As cidades ímpias do nosso mundo serão varridas pela vassoura da destruição. Nas calamidades que agora atingem edifícios imensos e grandes distritos das cidades, Deus nos está mostrando o que irá acontecer em toda a Terra. Ele nos disse: "Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão; igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele [Cristo em Sua vinda] está próximo às portas." Mateus 24:32, 33. Não entre os ricos CSa 269 1 Poderia parecer-nos que fosse melhor escolher para os nossos sanatórios lugares em meio aos ricos; que isso daria feição à nossa obra, e garantiria amparo para as nossas instituições. Mas não há nisso lógica. "O Senhor não vê como vê o homem." 1 Samuel 16:7. O homem atenta para a aparência externa; Deus observa o coração. Quanto menos grandes edifícios houver em volta das nossas instituições, tanto menos mortificação experimentaremos. CSa 269 2 Muitos dos ricos donos de propriedades são irreligiosos e irreverentes. Pensamentos mundanos lhes ocupam a mente. As diversões, alegrias e hilaridades mundanas lhes ocupam o tempo. A extravagância no vestir-se e a vida luxuosa absorvem os seus meios. Os mensageiros celestiais não são bem-vindos aos seus lares. Eles querem que Deus esteja longe. CSa 269 3 É difícil à humanidade aprender a lição da humildade, especialmente aos ricos e aos condescendentes consigo mesmos. Aqueles que não se consideram responsáveis perante Deus por tudo o que possuem são tentados a se exaltarem, como se as riquezas compreendidas pelas terras e os depósitos bancários os tornassem independentes de Deus. Cheio de orgulho e presunção, atribuem eles a si mesmos uma estima medida por sua riqueza. CSa 269 4 Há muitos ricos que aos olhos de Deus são mordomos infiéis. Na aquisição e uso de seus meios tem Ele visto roubo. Eles têm negligenciado o grande Proprietário de tudo, e deixado de usar os meios que lhes foram confiados para aliviar os sofredores e opressos. Têm estado a acumular para si ira para o dia da ira, pois Deus recompensará a cada um de conformidade com as suas obras. Esses homens não adoram a Deus; o eu é o seu ídolo. Eles põem a justiça e a misericórdia* fora de cogitação, substituindo-as pela avareza e a porfia. Deus diz: "Porventura por estas coisas não os visitaria?" Jeremias 9:9. CSa 270 1 Deus não Se agradaria em ter qualquer de nossas instituições localizada em uma comunidade dessa espécie, por grandes que sejam suas vantagens aparentes. Os homens ricos e egoístas exercem uma influência modeladora sobre outras mentes, e o inimigo poderia operar por meio deles para obstruir o nosso caminho. As más associações são sempre prejudiciais à piedade e à devoção, e os princípios aprovados por Deus podem ser solapados por essas associações. Deus não gostaria que qualquer de nós fosse como Ló, que escolheu habitar em um lugar em que ele e sua família eram mantidos em constante contato com o mal. Ló entrou em Sodoma rico; partiu sem nada, conduzido pela mão de um anjo, enquanto os mensageiros da ira aguardavam para derramar as chamas de fogo que deveriam consumir os habitantes daquela cidade grandemente favorecida, e eclipsar sua fascinante beleza tornando desolado e deserto o lugar que Deus outrora fizera tão lindo. CSa 270 2 Nossos sanatórios não deverão ser localizados próximos das residências de pessoas ricas, onde serão considerados como uma inovação e objeto de aversão, e comentados desfavoravelmente porque recebem a humanidade sofredora de toda espécie. A religião pura e imaculada faz dos que são filhos de Deus uma só família, ligados com Cristo em Deus. Mas o espírito do mundo é orgulhoso, parcial, exclusivista e favorece apenas uns poucos. CSa 270 3 Ao erigirmos os nossos edifícios, devemos manter-nos longe das casas dos grandes homens do mundo e deixar que eles busquem o auxílio de que necessitam, ausentando-se de seus amigos para os mais afastados lugares. Não agradaremos a Deus construindo os nossos sanatórios entre pessoas extravagantes no vestir-se e no viver, que são atraídas para aqueles que podem apresentar grande exibição. Não para os que buscam prazeres CSa 271 1 Por que fundamos sanatórios? Para que os doentes que a eles acorrem em busca de tratamento possam receber o lenitivo para seus sofrimentos físicos e possam também receber auxílio espiritual. Em virtude de seu estado de saúde, acham-se eles suscetíveis à influência santificadora dos missionários médicos que trabalham em favor de sua restauração. Trabalhemos sabiamente, para seu melhor interesse. CSa 271 2 Não construímos sanatórios para serem hotéis. Recebei em nossos sanatórios apenas aqueles que desejarem conformar-se com os retos princípios, aqueles que aceitarem os alimentos que conscienciosamente podemos colocar diante deles. Se permitíssemos que os pacientes tivessem bebidas intoxicantes em seus quartos, ou servíssemos-lhes alimento cárneo, não lhes daríamos o auxílio que deviam receber ao virem aos nossos sanatórios. Devemos tornar claro que por princípio excluímos tais artigos dos nossos sanatórios e de nossos restaurantes. Não desejamos nós ver os nossos semelhantes livres de doenças e enfermidades, e no gozo da saúde e do vigor? Então sejamos tão fiéis aos princípios como a bússola o é ao pólo. CSa 271 3 Aqueles cuja obra visa a salvação das almas devem manter-se salvo dos métodos mundanos. Não devem eles, no interes-se de obter a influência de alguma pessoa rica, emaranhar-se em planos desonrosos para sua profissão de fé. Não devem vender a sua alma por vantagens financeiras. Não devem fazer coisa alguma que retarde a obra de Deus e rebaixe o padrão de justiça. Somos servos de Deus, e devemos ser obreiros juntamente com Ele, fazendo Sua obra à Sua maneira, a fim de que todos para os quais trabalhamos possam ver que o nosso* intuito é atingir um elevado padrão de santidade. Aqueles com os quais entramos em contato devem ver que não apenas falamos de abnegação e sacrifício, mas que os revelamos em nossa vida. Nosso exemplo deve inspirar aqueles com quem entramos em contato em nosso trabalho, a se tornarem mais bem relacionados com as coisas de Deus. CSa 272 1 Se devemos efetuar gastos com a construção de sanatórios, a fim de que possamos trabalhar pela salvação dos enfermos e aflitos, importa que planejemos nosso trabalho de tal maneira que os que desejam ajuda recebam o auxílio de que necessitam. Devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance pela cura do corpo; devemos, porém, tornar a cura da alma de muito maior importância. Aos que acodem aos nossos sanatórios como pacientes deve-se mostrar o caminho da salvação, a fim de que eles possam arrepender-se e ouvir as palavras: Os teus pecados te são perdoados; vai em paz, e não peques mais. ... CSa 272 2 Não devemos absorver o tempo e os esforços dos homens capazes de levar avante a obra de Deus da maneira em que Ele delineou, em um empreendimento para a acomodação e entretenimento de procuradores de prazeres, cujo maior desejo é agradar o eu. Associar obreiros com tal empreendimento seria perigoso para sua segurança. Guardemos nossos moços e moças de todas essas influências perigosas. E se nossos irmãos se envolverem com tal empreendimento, não poderão eles fazer avançar a obra da salvação de almas como pretendem. CSa 272 3 Nossos sanatórios devem ser estabelecidos com uma finalidade -- o avanço da verdade presente. E eles devem ser tão bem dirigidos que se produza uma positiva impressão em favor da verdade na mente daqueles que a eles vêm em busca de tratamento. A conduta dos obreiros, e do administrador-chefe para com o obreiro que ocupa a posição mais humilde, deve pesar em favor da verdade. A instituição deve ser permeada por uma atmosfera espiritual. Temos uma mensagem de advertência para apresentar ao mundo, e nosso zelo e devotamento ao serviço de Deus, deve impressionar os que vêm aos nossos sanatórios. ... CSa 273 1 Estamos vivendo justamente no final da história da Terra, e devemos mover-nos cautelosamente, compreendendo o que é a vontade do Senhor, e, imbuídos de Seu espírito, fazer a obra que muito significará para Sua causa, obra que proclamará a mensagem de advertência a um mundo obcecado, enganado e a perecer no pecado. As condições da cidade CSa 273 2 Durante anos me foi ministrada revelação especial acerca do nosso dever de não centralizar a nossa obra nas cidades. O bulício e confusão que enchem essas cidades, as condições que nelas criam as uniões trabalhistas e as greves, tornar-se-ão grande desvantagem para a nossa obra. Buscam os homens conseguir que os elementos empenhados em diferentes profissões se filiem a certas uniões. Esse não é o plano de Deus, mas de um poder que não devemos jamais reconhecer. A Palavra de Deus se está cumprindo; estão-se os ímpios ajuntando em molhos, prontos para serem queimados. CSa 273 3 Devemos empregar agora toda a capacidade que nos foi confiada, no sentido de transmitir para o mundo a grande mensagem de advertência. Nesta obra, cumpre-nos preservar a nossa individualidade. Não nos devemos associar a sociedades secretas nem a uniões trabalhistas. Devemos permanecer livres perante Deus, à espera constante de instruções de Cristo. Todos os nossos atos deverão ser exercido com a convicção da importância da obra a ser feita para Deus. -- Testemunhos Selectos 3:115.* Economia no estabelecimento dos sanatórios CSa 274 1 Como povo escolhido de Deus não podemos copiar os costumes, alvos e práticas do mundo, nem imitar a moda que nele impera. Não estamos imersos em ignorância tal que nos conformemos com imitar os modelos que o mundo nos oferece, e contemos com a aparência para alcançar bom êxito. Disse-nos o Senhor de onde provém a nossa força. "Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 4:6. Ao considerar oportuno, o Senhor concede, a quem guarda a Sua Palavra, a faculdade de exercer forte influência para o bem. De fato, eles dependem de Deus, e a Ele terão que prestar contas da maneira em que empregaram os talentos que lhes confiou. Devem compreender que são administradores dos bens do Senhor e que é dever seu exaltar-Lhe o nome. Aparência exterior indesejável CSa 274 2 Os que puserem em Deus todas as suas afeições, alcançarão êxito. Em Cristo, perderão de vista a si próprios, e as atrações do mundo não exercerão poder algum para apartá-los da obediência. Compreenderão que aparência exterior nos concede força. Não é a ostentação, a aparência imponente o que representa de maneira correta a obra que devemos realizar como povo escolhido de Deus. Os que trabalham em ligação com a nossa obra médica devem estar adornados da graça de Cristo. Isso lhes permitirá exercer a maior das influências para o bem. CSa 274 3 O Senhor quer realmente o que de nós espera. Suas promessas nos são feitas sob a condição de cumprirmos fielmente a Sua vontade. Por isso, quando se trata de construir sanatórios, Ele deve ter o primeiro, o último e o melhor lugar em tudo. CSa 274 4 Os que servem a Deus devem velar para que seu gosto de* ostentação não arraste outros para os prazeres fáceis e a vaidade. Deus não quer que servo algum Seu realize empreendimentos custosos e inúteis, que o façam endividar-se e privar-se dos recursos com que poderia contribuir para auxiliar a obra do Senhor. Enquanto os que professam crer na verdade presente andarem nas sendas do Senhor para agir segundo as normas da justiça, poderão contar com que o Senhor os fará prosperar. Mas se preferem vagar longe do caminho estreito, atrairão ruína sobre si mesmos e sobre quem os tomar por modelo. Exemplos de desprendimento CSa 275 1 Os que dirigem a fundação de instituições médicas devem dar o bom exemplo. Mesmo que haja dinheiro, não devem gastar mais do que o absolutamente necessário. A obra do Senhor deve ser dirigida, tendo em conta as necessidades de cada parte da Sua vinha. Somos todos membros de uma mesma família, filhos de um mesmo Pai, e as rendas do Senhor têm que ser empregadas de modo que melhor atendam aos interesses de Sua causa no mundo inteiro. O Senhor considera todas as partes do campo, e Sua vinha deve ser cultivada como um conjunto. CSa 275 2 Não devemos gastar nalguns lugares todo o dinheiro do tesouro, mas tratar de fundar a obra em muitos lugares. Novos territórios devem ser acrescidos ao reino do Senhor. Outras partes da vinha devem receber o auxílio que dará feição à obra. O Senhor nos proíbe de usar em Sua obra planos egoístas. Proíbe-nos de adotar planos que privem o nosso próximo dos recursos que lhes permitiriam desempenhar a sua parte na difusão da verdade. Devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. Nossos edifícios devem representar nossa fé CSa 276 1 Temos também de lembrar que a nossa obra deve corresponder à nossa fé. Cremos que o Senhor logo virá, e não deve a nossa fé manifestar-se pelos edifícios que construímos? Investiremos somas consideráveis em edifícios que logo hão de ser consumidos na grande conflagração? Nosso dinheiro representa almas, e devemos empregá-lo de maneira que dê a conhecer a verdade aos que, por causa do pecado, estão debaixo da condenação divina. Renunciemos aos nossos planos ambiciosos; sejamos precavidos contra a extravagância ou a imprevisão, para que se não esvazie a tesouraria do Senhor e falte aos edificadores os recursos para fazerem o trabalho que lhes foi designado. CSa 276 2 Nossas instituições primitivas gastaram somas de dinheiro maiores do que as necessárias. Os que assim procederam julgaram que esse gasto daria feição à obra. Esse argumento, porém, não justifica a despesa inútil. CSa 276 3 Deus quer que o espírito humilde e manso do Mestre, que é a Majestade do Céu e o Rei da glória, se manifeste constantemente em nossas instituições. A primeira vinda de Cristo não é estudada como deveria sê-lo. Ele veio para ser-nos o exemplo em tudo. Sua vida foi de abnegação estrita. Se Lhe seguirmos o exemplo, jamais gastaremos dinheiro sem necessidade. Não buscaremos o que agrade à vista. Tratemos de que a nossa aparência seja tal que a luz da verdade resplandeça por meio das nossas boas obras, e Deus seja glorificado pelo emprego dos melhores métodos de curar e aliviar os que sofrem. O que dá feição à nossa obra, não é o dinheiro gasto em grandes edifícios, mas a manutenção dos verdadeiros princípios religiosos, e o caráter nobre, à semelhança do de Cristo. CSa 277 1 Os erros cometidos no passado com a ereção de edifícios, devem ser-nos advertências proveitosas para o futuro. Devemos observar em que outros fracassaram e, em vez de imitar-lhes os erros, tratar de fazer melhor. Em tudo quanto fazemos para o avanço da obra, devemos levar em conta a necessidade de economia. Não deve ser feito gasto inútil. O Senhor logo virá e os nossos gastos em edifícios devem harmonizar-se com a nossa fé. Nossos recursos devem ser empregados para prover quartos alegres, ambiente saudável e bom alimento. CSa 277 2 Nossos planos referentes à construção e mobília de nossas instituições devem subordinar-se a um conhecimento verdadeiro e prático sobre o que significa andar humildemente com Deus. Nunca deve ser considerado necessário dar aparência de riqueza. Nunca deve a aparência ser considerada o meio de alcançar êxito. Isto é um engano. O desejo de ostentar aparência que nem sempre convém à obra de que Deus nos incumbiu, aparência que só pode ser alcançada à custa de gastos excessivos, é um tirano sem misericórdia. Assemelha-se à gangrena que penetra nos órgãos vitais. O conforto mais importante do que a elegância CSa 277 3 Os homens de bom senso preferem o conforto à elegância e luxo. É erro pensar que, com aparência serão atraídos mais pacientes e, conseqüentemente, mais recursos. Mesmo que esse procedimento nos aumentasse a clientela, não poderíamos consentir em que nossos sanatórios fossem mobiliados em conformidade com a concepção de luxo da época. A influência cristã é valiosa demais para ser sacrificada dessa maneira. Todas as imediações, dentro e fora de nossas instituições têm de estar em harmonia com os ensinos de Cristo e com os princípios da nossa fé. Em todos os seus ramos, deve a nossa obra ser uma ilustração de critério santificado, e não de ostentação e extravagância. CSa 278 1 Não é o edifício grande e dispendioso; não é o mobiliário de luxo; não são as mesas servidas de manjares requintados, o que comunicará à nossa obra influência e êxito. É a fé que atua por amor e purifica a alma; é a atmosfera de graça que circunda o crente, é o Espírito Santo atuando na mente e no coração, que o torna um cheiro de vida para vida, e faz com que Deus abençoe a Sua obra. CSa 278 2 Deus pode hoje comunicar-Se com Seu povo, e conceder-lhe a sabedoria necessária para fazer a Sua vontade, da mesma forma como Se comunicou com o Seu povo de outrora, e lhe deu sabedoria para construir o tabernáculo. Na construção desse edifício deu Ele uma demonstração do Seu poder e majestade; e Seu nome deve ser honrado através dos edifícios que são construídos para Ele hoje em dia. A sobriedade, solidez e conveniência devem ser vistos em cada pormenor. Coobreiros de Deus CSa 278 3 Os que têm o encargo da construção de um sanatório devem representar a verdade trabalhando com o espírito e o amor de Deus. Assim como, ao construir a arca, Noé advertiu o mundo, pelo trabalho feito na construção das instituições do Senhor, pregar-se-ão sermões, e o coração de alguns se convencerá e converterá. Sintam, pois, nossos obreiros, a maior ansiedade pela constante ajuda de Cristo, para que nossas instituições não sejam estabelecidas em vão. Enquanto progride a obra de construção, lembrem que, assim como nos dias de Noé e Moisés, Deus determinou todos os pormenores da arca e do santuário, também na construção de Suas instituições modernas, Ele vigia o trabalho feito. Lembrem que o grande Mestre Arquiteto deseja dirigir a Sua obra por meio de Sua Palavra, Espírito e providência. Por isso devem tomar tempo para aconselharem-se com Deus. A voz da oração e a melodia dos hinos santos, devem elevar-se até Ele como o fumo do incenso suave. Todos devem compreender que dependem inteiramente de Deus. Devem lembrar que estão fundando uma instituição por cujo meio irá cumprir-se com êxito uma obra que terá conseqüências infinitas, e que ao realizarem assim o trabalho, devem ser coobreiros de Deus. "Olhando para Jesus", deve ser o nosso lema. E esta é a promessa que nos é feita: "Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos." Salmos 32:8. Vantagens das estruturas de madeira CSa 279 1 Os edifícios de tijolo e pedra não são os mais aconselháveis para um sanatório, pois estes são em geral frios e úmidos. Poder-se-á alegar que a construção de tijolos apresenta uma aparência muito mais atrativa, e que o edifício deve ser vistoso. Nós, porém, carecemos de edifícios espaçosos; e se os tijolos são muito dispendiosos, devemos construir de madeira. A economia deve ser nosso objeto de estudo. Esta é uma necessidade, em virtude da grandiosidade da obra que devemos realizar nos vários aspectos da vinha espiritual de Deus. CSa 279 2 Tem-se insinuado que os pacientes não se sentiriam a salvo do fogo em uma construção de madeira. Se, porém, estivermos no campo, e não nas cidades onde as construções estão aglomeradas, um fogo se originaria de dentro, não de fora; por isso o tijolo não será uma salvaguarda. Deve-se fazer ver aos pacientes que para fins de saúde a construção de madeira é preferível à de tijolos. -- Testimonies for the Church 7:83, 84 (1902). A economia em operação CSa 280 1 A economia nos gastos de meios é um excelente aspecto da sabedoria cristã. Este assunto não é suficientemente considerado pelos que ocupam posição de responsabilidade em nossas instituições. O dinheiro é um excelente dom de Deus. Nas mãos de Seus filhos é ele um alimento para o faminto, bebida para o sedento e vestido para o nu; é defesa ao oprimido e um meio de saúde para o enfermo. Os meios não devem ser gastos desnecessária e prodigamente para satisfação do orgulho e da ambição. O princípio deve controlar CSa 280 2 A fim de satisfazermos as reais necessidades do povo, os austeros motivos dos princípios religiosos devem ser um poder controlador. Quando cristãos e incrédulos são mantidos juntos, o elemento cristão não deve ser assimilado pelo não santificado. Deve-se manter o contraste distinto e positivo entre ambos. Eles são servos de senhores diferentes. Uma classe se esforça para manter-se no caminho humilde da obediência aos mandamentos de Deus -- o caminho da simplicidade, da mansidão e da humildade -- imitando o Modelo, Cristo Jesus. A outra classe é em todos os sentidos o oposto da primeira. Eles são servos do mundo, ávidos e ambiciosos para seguir as suas modas no vestir-se com extravagância e em satisfazer o apetite. Esse é o campo no qual Cristo deu aos relacionados com o sanatório sua obra específica. Não devemos encurtar a distância que nos separa das pessoas do mundo seguindo suas normas, descendo do elevado caminho aberto para que os redimidos do Senhor nele andem. Mas a beleza demonstrada na vida do cristão -- os princípios mantidos em nosso trabalho diário,* ao trazermos o apetite sob o controle da razão, o mantermos a simplicidade no vestir-nos, e entregar-nos à conversação santa -- será uma luz a brilhar continuamente no caminho daqueles cujos hábitos são errôneos. ... CSa 281 1 Todos os que se acham relacionados com as nossas instituições devem ter zeloso cuidado para que nada seja desperdiçado, mesmo que a questão não se prenda justamente à parte da obra a eles designada. Todos podem fazer alguma coisa no sentido da economia. Todos devem realizar o seu trabalho, não para receber a aprovação dos homens, mas de tal maneira que esta possa resistir o escrutínio de Deus. CSa 281 2 Certa vez Cristo deu ao Seus discípulos uma lição sobre economia, a qual é digna de cuidadosa atenção. Ele operou um milagre a fim de alimentar os milhares de famintos que estiveram escutando os Seus ensinamentos; todavia, após todos se haverem alimentado e estarem satisfeitos, não permitiu Ele que as sobras fossem desperdiçadas. Aquele que pôde alimentar a grande multidão, em sua necessidade, pelo Seu divino poder, mandou que os discípulos ajuntassem as sobras, a fim de que nada se perdesse. Esta lição foi dada para o nosso benefício tanto como para o das pessoas que viviam nos dias de Cristo. O Filho de Deus cuida das necessidades temporais da vida. Não desprezou Ele as sobras após a refeição, embora pudesse fazer tal milagre todas as vezes que achasse por bem. Os obreiros de nossas instituições fariam bem em atentar para esta lição: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." João 6:12. Este é o dever de todos, e os que ocupam posição de liderança devem dar o exemplo. Lealdade às nossas instituições CSa 282 1 O sanatório de Battle Creek foi construído sob pressão de dificuldades. Medidas decisivas tiveram que ser tomadas, contratos assinados pelos que foram empregados como auxiliares, para que eles pudessem permanecer certo número de anos. Foi esta uma necessidade real. Após os auxiliares haverem sido conseguidos, e, mediante consideráveis e laboriosos esforços se haverem eles tornado eficientes obreiros, pacientes abastados ofereciam-lhes melhores propostas de salário, a fim de consegui-los como enfermeiros particulares em seu próprio benefício em seus lares. E esses auxiliares muitas vezes deixaram o sanatório e os acompanharam, sem levar em consideração o esforço que foi empregado para qualificá-los como obreiros eficientes. Isto não ocorreu uma nem duas vezes, mas muitas. CSa 282 2 Então pessoas de outras instituições que não são orientadas por princípios religiosos, têm vindo como se fossem clientes e da maneira mais ardilosa têm desviado auxiliares mediante a promessa de melhores salários. Médicos apostataram da fé e da instituição, e a abandonaram por não poderem seguir os seus próprios caminhos em tudo. Alguns foram dispensados e, após conquistarem simpatia de outros auxiliares e pacientes, levaram-nos consigo; e depois de grandes despesas e tentando seus próprios meios e métodos ao máximo de suas habilidades, falharam, e desistiram, incorrendo em débitos que não puderam saldar. Isto tem sido experimentado vez após vez. CSa 282 3 A integridade e a justiça não têm tido parte alguma em tais movimentos. "O caminho do Senhor" não foi escolhido, mas* o seu próprio. Eles enganaram os incautos e fizeram presa fácil daqueles que gostam de mudar. Estavam demasiado cegos para julgarem entre o certo e o errado em sua conduta, e por demais indiferentes para se cuidarem. CSa 283 1 Desta maneira, foi necessário, no sanatório de Battle Creek, estabelecerem-se contratos que prendessem os que com ele estavam relacionados como auxiliares, de maneira que depois de terem sido instruídos e adestrados como enfermeiros e ministradores de banho, eles o não deixassem porque outros lhes apresentassem vantagens. O dinheiro foi adiantado a alguns auxiliares especiais, a fim de que pudessem adquirir conhecimentos médicos e ser úteis à instituição. O Dr. _____ tem depositado confiança em alguns desses, para que eles o aliviem das responsabilidades que tão pesadamente têm repousado sobre ele. Alguns se têm tornado inquietos e insatisfeitos porque os que iniciaram instituições em outras partes do país têm procurado lisonjeá-los e induzi-los a irem para os seus sanatórios, prometendo fazer melhor por eles. Desta maneira os obreiros -- ao menos alguns deles -- se tornaram inquietos, instáveis, presumidos e inconstantes -- ainda que não se houvessem desligado do sanatório -- porque achavam que havia oportunidades para eles em outros lugares. Os que mal estão começando a praticar se têm considerado aptos a assumir grandes responsabilidades que seria arriscado confiar-lhes às mãos, porque eles não se mostraram fiéis no mínimo. CSa 283 2 Ora, todos desejamos olhar este assunto do ponto de vista cristão. Estas provas revelam o verdadeiro material que entra na formação do caráter. Há no Decálogo um mandamento que diz: "Não furtarás." Esse mandamento condena justamente atos como estes. Alguns têm furtado os auxiliares que outros tiveram o trabalho de educar e adestrar para sua própria obra. Qualquer plano secreto, qualquer influência exercida para tentar conseguir auxiliares que outros têm contratado e adestrado, é nada menos que roubo consumado. CSa 284 1 Há outro mandamento que diz: "Não dirás falso testemunho contra teu próximo." Tem havido entendimentos secretos com auxiliares que foram contratados e com os quais se contava para fazer determinada espécie de trabalho; têm-se envidado esforços para depreciar os planos e encontrar faltas na administração dos que estão dirigindo a instituição. A conduta dos administradores tem sido discutida com relação àqueles cujos serviços eles desejavam assegurar. Sua vaidade foi lisonjeada e foram feitas insinuações de que eles não eram promovidos tão depressa quanto deviam, e de que deviam estar em posições de mais responsabilidades. CSa 284 2 A maior dificuldade que os médicos e administradores de nossas instituições têm encontrado é que homens e mulheres que foram guiados passo a passo, educados e treinados para preencher posições de confiança, tornaram-se enfatuados, presumidos, e depositaram uma estima muitíssimo elevada em suas próprias habilidades. Se lhes foram confiados dois talentos, eles se sentem perfeitamente capazes de manejar cinco. Se tivessem usado sábia e judiciosamente os dois talentos, executando com fidelidade as pequeninas coisas que lhes foram confiadas, sendo íntegros em tudo que empreendessem, então estariam qualificados para lidar com maiores responsabilidades. Se eles subissem cada degrau da escada, lance por lance, demonstrando fidelidade no mínimo, isto seria evidência de que estariam capacitados a levar cargas mais pesadas, e seriam fiéis no muito. Muitos, porém, querem apenas roçar a superfície. Eles não pensam profundamente, e não se tornam senhores de seus deveres. Eles se sentem aptos para atingir o lance mais alto da escada sem os percalços do galgar degrau por degrau. Entristece-nos o coração quando comparamos a obra saída de suas mãos com o justo e divino padrão de fidelidade que, tão-somente, pode ser aceito por Deus. Há uma entristecedora ineficiência, uma negligência, uma falsa aparência, uma falta de solidez e conhecimento inteligente, de cuidado e perfeição. Deus não pode dizer a tais: "Bem está, servo bom e fiel, sobre o muito te colocarei." Mateus 25:21. CSa 285 1 Os homens devem assumir responsabilidades conscienciosamente, e sentir que estão fazendo a obra de Deus. Eles devem ter fidelidade no coração para neutralizar todos os sofismas e enganos de Satanás, que poderiam afastá-los do caminho reto, de maneira que em lugar de preferirem fazer a vontade do Senhor, sigam os impulsos do seu próprio caráter indisciplinado. Se o coração for santificado e guiado pelo Espírito Santo, eles não correrão nenhum risco, mas estarão convencidos, em tudo o que empreenderem, de fazer boa obra para Jesus; e, ao fazerem sua obra corretamente, estão eles certamente a associar-se nesta vida a uma firme fortaleza do alto, e serão guiados em todo bom e santo caminho. Serão firmes aos princípios. Realizarão o seu trabalho, não para obterem um grande nome ou grandes salários, nem com o propósito de entretecer o eu em todas as suas obras e de aparecerem como alguém no mundo, mas para serem corretos em tudo aos olhos de Deus. Eles não estarão tão ansiosos para fazer um grande trabalho como para fazer o que têm que fazer com fidelidade, tendo como único objetivo a glória de Deus. Tais homens são grandes à vista de Deus. Seus nomes estão registrados no livro da vida do Cordeiro como fiéis servos do Deus Altíssimo. Estes são os homens mais preciosos aos olhos de Deus do que o ouro fino, mais preciosos ainda do que o ouro fino de Ofir. O sanatório como campo missionário CSa 286 1 O sanatório deve ser uma instituição missionária no mais perfeito sentido da palavra e seu caráter nesse sentido deve ser preservado, do contrário não levará em si a aprovação de Deus. Para conservá-lo assim será necessário devotamento de vida e caráter em cada obreiro. O êxito desta instituição deve ser observado à luz da Palavra de Deus. O verdadeiro sucesso deverá ter as credenciais do Céu. Os obreiros de Deus alegrar-se-ão no Senhor e, ao mesmo tempo, entristecer-se-ão com os seus próprios esforços. O momento de regozijo no Senhor por causa do sucesso deve ser o momento de humilhação, em face daquilo que foi deixado de fazer pela negligência e infidelidade. CSa 286 2 Os homens que aceitam um cargo em qualquer de nossas instituições de saúde deveriam fazê-lo tão plenamente compenetrados de suas responsabilidades quanto possível. O Senhor prometeu ser um auxílio presente em todos os momentos de necessidade, e não há desculpa para não se fazer mais trabalho real missionário no sanatório. Deve-se dispensar muito mais atenção à necessidade de alcançar aptidão em todos os deveres. Os obreiros devem procurar aperfeiçoar-se, para que possam fazer o seu trabalho da melhor maneira possível e com fidelidade, de modo a receberem a aprovação de Deus. As oportunidades de fazer o bem têm estado sempre muito distanciadas dos obreiros, pois estes têm deixado de vê-las e aproveitá-las, porque o inimigo do bem tem exercido um poder controlador sobre suas mentes. -- Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work, 46, 47 (1888). Apego aos princípios CSa 287 1 As tentações com as quais Cristo foi assediado no deserto -- o apetite, o amor ao mundo e a presunção -- são os três atrativos principais pelos quais os homens são mais freqüentemente derrotados. Os administradores do sanatório serão muitas vezes, tentados a afastar-se dos princípios que devem orientar uma instituição como essa. Eles, porém, não devem desviar-se do caminho certo para satisfazer as inclinações ou servir o apetite depravado de pacientes ricos ou amigos. A influência de tal procedimento é simplesmente danosa. O afastamento dos ensinos ministrados em conferências ou através da imprensa, exerce um efeito muito desfavorável sobre a influência e a moral da instituição e, em grande parte, anulará todos os esforços para instituir e reformar as vítimas do apetite e paixões depravados e para levá-las a Cristo, o único refúgio seguro. CSa 287 2 O mal não terminará aqui. A influência atinge não só os pacientes, mas também os obreiros. Uma vez derribadas, é dado um passo após outro na direção do erro. Satanás apresenta lisonjeiras propostas mundanas aos que se afastarem dos princípios e sacrificarem a integridade e honra cristãs para obter a aprovação dos ímpios. Seus esforços são muitas vezes bem-sucedidos. Ele obtém a vitória onde deveria encontrar o revés e a derrota. CSa 287 3 Cristo resistiu a Satanás em nosso benefício. Temos o exemplo de nosso Salvador para fortalecer os nossos fracos propósitos e resoluções; apesar disto, porém, alguns cairão pelas tentações de Satanás, e não cairão sozinhos. Toda alma que deixa de obter a vitória faz outros caírem por meio de sua influência. Os que deixam de associar-se com Deus e de receber* sabedoria e graça para aprimorarem e sublimarem a sua própria vida serão julgados pelo bem que poderia ter feito, mas que deixaram de realizar por estarem satisfeitos com a mundanidade da mente e a amizade com os não santificados. CSa 288 1 Todo o Céu está interessado na salvação do homem, e está pronto para derramar sobre ele seus generosos dons, se ele preencher as condições estipuladas por Cristo: "Saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo." 2 Coríntios 6:17. Para a glória de Deus CSa 288 2 É-nos ordenado que, quer comamos quer bebamos, ou façamos outra qualquer coisa, façamo-lo para glória de Deus. Quantos têm sido conscienciosamente movidos por princípios e não por impulso, e obedecido literalmente a este mandamento? Quantos dos jovens discípulos em _____ têm feito de Deus sua confiança e sua porção, buscando diligentemente conhecer e fazer Sua vontade? Muitos há que são servos de Cristo em nome, mas não em verdade. CSa 288 3 Onde os princípios religiosos governam, pequeno é o risco de se cometerem grandes erros; pois o egoísmo, que sempre cega e engana, fica subordinado. O sincero desejo de fazer bem aos outros predomina, de maneira que o próprio eu é esquecido. A posse de firmes princípios religiosos é um inestimável tesouro. É a mais pura, mais elevada e nobre influência que os mortais possam possuir. Os que a possuem têm uma âncora. Todo ato é bem considerado, não seja seu efeito prejudicial a outro, e o desvie de Cristo. -- Testemunhos Selectos 1:203. O capelão e sua obra CSa 289 1 É de suma importância que aquele que é escolhido para cuidar do interesse espiritual dos pacientes e auxiliares seja um homem de bom senso e não divorciado dos princípios, um homem que exerça influência moral, que saiba tratar com as mentes. Deve ser uma pessoa sábia e culta, afetiva, bem como inteligente. Pode não ser inteiramente eficiente em todos os sentidos a princípio; deve, porém, mediante intensas reflexões e o exercício de suas habilidades, qualificar-se para essa importante obra. É necessário muita sabedoria e bondade para se servir convenientemente nesta posição, não obstante com inflexível integridade, pois se deverá encontrar preconceito, fanatismo e erro de toda forma e espécie. CSa 289 2 Esse lugar não deve ser ocupado por um homem de temperamento irritável, de combatividade violenta. Deve-se ter cuidado para que a religião de Cristo não se torne repulsiva em virtude de severidade ou impaciência. Os servos de Deus devem procurar, por meio da mansidão, da bondade e do amor representar corretamente nossa fé sagrada. Conquanto a cruz jamais deva ser ocultada, deve ele apresentar também o inigualável amor do Salvador. O obreiro deve estar imbuído do espírito de Jesus, e então os tesouros da alma devem ser apresentados em palavras que encontrem o seu caminho para o coração dos ouvintes. A religião de Cristo, exemplificada na vida diária de Seus seguidores, exercerá uma influência dez vezes maior do que os mais eloqüentes sermões. ... Se todos os que estão ligados com o sanatório forem bons representantes das verdades da reforma da saúde e de nossa fé sagrada, estarão exercendo uma influência tendente a moldar a mente de seus pacientes. O contraste entre os hábitos errôneos e os que estão em harmonia com a verdade de Deus, exerce um poder convincente. -- Testimonies for the Church 4:546, 547 (1878). Mantende a verdade em sua pureza CSa 290 1 Os que são colocados em encargos das instituições do Senhor necessitam muito da força, graça e poder mantenedores de Deus, a fim de que não procedam contrariamente aos sagrados princípios da verdade. Muitos, muitíssimos são tardos de compreensão no que tange à sua obrigação de manter a verdade em sua pureza, não contaminada por um só vestígio de erro. Seu perigo está em conservarem a verdade em pouca estima, deixando assim nas mentes a impressão de que pouco importa o que cremos se, ao levarmos a cabo planos ou idéias humanos, podemos exaltar-nos perante o mundo como detentores de uma posição superior, como ocupando o mais alto lugar. CSa 290 2 Deus chama homens cujo coração seja tão constante como o aço, que permaneçam firmes na integridade, intrépidos às circunstâncias. Ele chama homens que permaneçam separados dos inimigos da verdade. Chama homens que não ousarão recorrer ao braço de carne, associando-se com os mundanos a fim de conseguir meios para o avanço de Sua obra -- mesmo para a construção de instituições. Em virtude de sua aliança com incrédulos, Salomão adquiriu grande quantidade de ouro e prata; sua prosperidade porém, tornou-se sua ruína. Os homens hoje não são nada mais sábios do que ele, e estão igualmente sujeitos a ceder às influências que causaram a sua derrota. Durante milhares de anos Satanás esteve adquirindo experiência na arte de enganar; e, aos que vivem nesta época, apresenta-se ele com irresistível poder. Nosso único refúgio encontra-se na obediência à Palavra de Deus, a qual nos foi dada como guia e conselheiros seguros. O povo atual de Deus deve conservar-se distinto e separado do mundo, de seu espírito e de suas influências.* CSa 291 1 "Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos." 2 Coríntios 6:17. Ouviremos a voz de Deus e obedeceremos, ou faremos parcialmente a obra em apreço e procuraremos servir a Deus e a Mamom? Há trabalho importante diante de cada um de nós. Os pensamentos corretos, e os propósitos puros e santos, não nos vêm espontaneamente. Temos que lutar por eles. Os puros e santos princípios devem lançar raízes em todas as nossas instituições, nossas casas publicadoras, colégios e sanatórios. Se as nossas instituições forem o que Deus deseja que elas sejam, os que com elas estão associados não se amoldarão às instituições mundanas. Elas permanecerão igualmente peculiares, governadas e controladas pelas normas bíblicas. Não se harmonizarão com os princípios do mundo para conseguir apoio. Motivo algum terá suficiente força para movê-las dos retos caminhos do dever. Os que estão sob o controle do Espírito de Deus não buscarão o seu próprio prazer ou divertimento. Se Cristo reinar no coração dos membros de Sua igreja, eles atenderão ao apelo: "Pelo que saí do meio deles, e separai-vos." "Não sejais participantes dos seus pecados." Apocalipse 18:4. Para o bem-estar de outros CSa 291 2 Em sua conduta para com os pacientes, devem todos ser movidos por motivos mais elevados de que por interesses egoístas. Todos devem compenetrar-se de que esta instituição é uma das instrumentalidades divinas para aliviar as enfermidades do corpo e apontar à alma enferma pelo pecado Aquele que pode curar tanto a alma como o corpo. Juntamente com o cumprimento dos deveres especiais que lhes foram designados, devem todos ter interesse pelo bem-estar dos outros. O egoísmo é contrário ao espírito do cristianismo. -- Testimonies for the Church 4:564 (1881). Obreiros necessários CSa 292 1 Devemos ser cuidadosos a fim de que associemos com os nossos sanatórios aqueles que dêem à obra uma feição correta. Deve-se formar o caráter aqui à semelhança divina. Não é a vestimenta dispendiosa o que nos proporcionará influência, mas é por meio da verdadeira humildade cristã que exaltaremos o nosso Salvador. Nossa única esperança de sucesso ao fazer o bem às pessoas do mundo que recorrem aos sanatórios como pacientes, está em que todos os obreiros, individual e coletivamente, mantenham uma viva ligação com Deus. O traje dos auxiliares dos sanatórios deve ser modesto e bem feito; a roupa, entretanto, não é tão importante quanto o comportamento. O assunto mais importante é que a verdade viva em nossa vida, que nossas palavras estejam em harmonia com a fé que professamos ter. Se os obreiros de nossos sanatórios se entregarem a Deus e assumirem uma atitude correta como crentes na verdade, o Senhor reconhecerá isto, e veremos uma grande obra realizada nestas instituições. Auxiliares experientes CSa 292 2 Não é dos procedimentos mais sábios associar com os nossos sanatórios demasiados obreiros inexperientes, os quais vêm como aprendizes, quando há falta de obreiros experientes e eficientes. Necessitamos de mais enfermeiras-chefes e de homens sadios e firmes nos princípios -- homens verdadeiros, que temam a Deus e que possam assumir responsabilidades sabiamente. Alguns poderão vir e oferecer-se para trabalhar por pequeno salário, seja porque gostariam de estar em um sanatório, ou porque desejam aprender; não é, porém, verdadeira economia ter em uma instituição grande número de obreiros inexperientes. CSa 292 3 Se as pessoas certas se relacionarem com a obra, e todos* humilharem o coração perante Deus, ainda que houvesse agora uma pesada dívida a repousar sobre a instituição, o Senhor operaria de tal maneira que o débito seria diminuído, e almas se converteriam à verdade, porque veriam que os obreiros estão trilhando no caminho do Senhor e guardando os Seus mandamentos. Essa é a única esperança para a prosperidade de nossos sanatórios. É inútil pensar de qualquer outra maneira. Não podemos esperar que as bênçãos de Deus repousem sobre nós, se servimos a Deus a nosso modo, e O deixamos quando bem o entendemos. CSa 293 1 Não é necessário que atendamos as exigências de prazer do mundo. Há outros lugares no mundo, nos quais as pessoas podem encontrar divertimentos. Precisamos em nossos sanatórios de homens e mulheres de valor; precisamos daqueles que revelem a simplicidade da verdadeira piedade. Ao acudirem os doentes às nossas instituições, devem eles fazer compreender que há um poder divino em atividade, que os anjos de Deus estão presentes. Indispensável ao tato CSa 293 2 O trabalho espiritual de nossos sanatórios não deve estar sob o controle dos médicos. Esse trabalho requer reflexão, tato e vasto conhecimento da Bíblia. Os ministros que possuem essas qualidades devem estar ligados aos nossos sanatórios. Devem eles elevar as normas da temperança do ponto de vista cristão, mostrando que o corpo é o templo do Espírito Santo, e fazerem ver às pessoas a responsabilidade que sobre elas repousa, como possessão adquirida de Deus, de tornarem a mente e o corpo um templo santo e digno da habitação do Espírito Santo. -- Testimonies for the Church 7:75 (1902). Tratando com sentimentalismo CSa 294 1 Os responsáveis pela instituição devem sempre manter uma elevada norma e velar cuidadosamente pelos jovens a eles confiados pelos pais como aprendizes e auxiliares nos vários departamentos. Quando moços e moças trabalham juntos, surge entre eles uma simpatia que freqüentemente se transforma em sentimentalismo. Se os responsáveis forem indiferentes a isso, poder-se-ão causar indeléveis males a essas almas e o caráter moral elevado da instituição será comprometido. Caso tais pacientes ou auxiliares continuem sua familiaridade por meio de engano, após haverem recebido judiciosas instruções, não devem ser conservados na instituição, pois sua influência contagiará os inocentes e os que confiam. As jovens perderão o seu feminil recato e serão levadas a agir enganosamente, pois suas afeições se tornaram enredadas. ... CSa 294 2 Deve-se ensinar os jovens a serem sinceros, embora modestos, em suas amizades. Deve-se-lhes ensinar a respeitarem as normas e a autoridade justas. Caso se recusem a fazer isto, devem ser despedidos, não importa a posição que ocupem, eles perverterão a outros. A prontidão das jovens em se colocarem na companhia dos moços, demorar-se em volta do lugar em que eles estão a trabalhar, manter com eles conversas vulgares, vãs, rebaixa o sexo feminino. Rebaixa-as, mesmo na estima daqueles que com elas condescendem em tais coisas. ... CSa 294 3 Não devem os que professam a religião de Cristo descer a conversações frívolas, a familiaridade inconveniente com mulheres de qualquer classe, sejam casadas ou solteiras. Que eles se mantenham em seu devido lugar com toda a dignidade. Ao* mesmo tempo devem eles ser sociáveis, bondosos e corteses para com todos. As senhoras jovens devem ser reservadas e modestas. Não devem dar nenhuma ocasião para que se fale mal de suas boas intenções. ... Os que dão demonstrações de que os seus pensamentos seguem um curso rasteiro, e cuja conversação tende mais a corromper do que elevar, devem ser afastados imediatamente de qualquer ligação com a instituição, pois com certeza perverterão a outros. CSa 295 1 Tende sempre em mente que as nossas instituições de saúde são campos missionários. ... Desculpareis a leviandade e os atos descuidados, dizendo que isto foi o resultado de irreflexão de vossa parte? Não é dever do cristão pensar de maneira sensata? Se Jesus estiver entronizado no coração, poderão os pensamentos ser tumultuados? ... CSa 295 2 Devem-se manter firme e persistentemente a pureza moral, o respeito próprio e um resoluto poder de resistência. Não deve haver afastamento da discrição. Um ato de familiaridade, uma indiscrição, pode pôr em perigo a alma, abrindo a porta à tentação, diminuindo assim o poder de resistência. O poder enobrecedor dos pensamentos puros CSa 295 3 Necessitamos de ter um constante sentimento do poder enobrecedor dos pensamentos puros. É nos bons pensamentos que reside a única segurança para cada alma. O homem "como imaginou na sua alma, assim é". A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a princípio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos, podemos afastar-nos de tudo o que é baixo e inferior, e elevar-nos para uma alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1905). Críticas e censuras CSa 296 1 Os que visitam as nossas instituições e vêem onde a obra deixou de ser feita para maior proveito, deveriam, caso tenham tido maior experiência, e conheçam uma maneira mais bem-sucedida de dirigir, entender-se com aqueles que se acham em posição de confiança e procurar auxiliá-los a ver a maneira correta de agir. Os que deixam de fazer isto negligenciam o seu dever e são infiéis para com a responsabilidade que lhes foi confiada por Deus. Se tal indivíduo sai dessa instituição sem dizer coisa alguma às pessoas certas e declara a pessoas de fora, que viu falhas na direção, e lugares onde se fizeram despesas que não beneficiaram a instituição, deixou de manifestar espírito cristão e tornou-se desleal para com seus irmãos e para com Deus. O Senhor deseja que ele difunda a luz, se a possui; e se ele não tiver um plano bem delineado para sugerir, comete erro ao falar aos outros das falhas que observou. Se deixa de transmitir aos obreiros os benefícios de sua suposta sabedoria superior, se apenas encontra faltas sem, com espírito elevado, dizer como melhorar, não só prejudica a reputação da instituição, mas dos obreiros, que poderão estar agindo de acordo com o melhor conhecimento que possuem. CSa 296 2 Essas coisas precisam ser consideradas cuidadosamente. Que todo homem e mulher pergunte: "De que lado estou eu? Estou trabalhando para firmar ou para derribar uma das instrumentalidades de Deus?" CSa 296 3 Uma coisa faz sentir-me muito triste, e esta é que nem sempre há harmonia entre os obreiros de nossas instituições. Tenho pensado: Será possível que haja alguém que procure faltas nos que estão ligados com eles no trabalho? Haverá alguém* que sugira a pacientes ou visitantes, ou a colegas de trabalho, que há muitas coisas que devem ser feitas que não o foram, e muitas outras que não são feitas corretamente? Se fazem isto, eles não estão fazendo a obra de um cristão. CSa 297 1 Os homens que foram indicados para as diferentes posições de confiança devem ser respeitados. Não esperamos encontrar homens perfeitos em todos os sentidos. Podem eles estar buscando a perfeição de caráter, mas são finitos e sujeitos a erro. Os que são empregados em nossas instituições devem sentir ser seu dever proteger zelosamente de críticas injustas tanto a obra como os obreiros. Não devem eles aceitar prontamente ou pronunciar palavras de censura contra qualquer pessoa que esteja ligada à obra de Deus, pois ao assim fazerem Deus mesmo pode ser reprovado e a obra que Ele está realizando através de instrumentalidades poderá ser grandemente estorvada. As rodas do progresso podem ser travadas, quando Deus diz: "Avançai." CSa 297 2 Constitui grande mal, e mal que existe em grande extensão entre o nosso povo, dar rédeas soltas aos pensamentos, indagar e criticar tudo o que outro faz, fazendo de um punhado de terra uma montanha e pensando que os seus próprios caminhos são corretos, quando, se eles estivessem no mesmo lugar de seu irmão, não poderiam fazer metade do que ele faz. É tão natural a alguns encontrarem faltas no que outros fazem, quanto o é para eles respirarem. Formaram o hábito de criticar os outros, quando eles próprios é que deveriam ser levados severamente a censurar-se, e seus maldosos sermões e mesquinhos sentimentos seriam extintos de suas almas pelo fogo purificador do amor de Deus. ... CSa 297 3 A pessoa que permite que a suspeita ou a censura pesem em qualquer grau sobre os seus coobreiros, enquanto ela não repreende o queixoso nem apresenta fielmente o assunto perante a pessoa condenada, está fazendo a obra do inimigo. Está regando as sementes da discórdia e da emulação, cujo resultado terá que enfrentar no dia de Deus. ... CSa 298 1 Esse desrespeito para com os outros, esta falta de consideração para com o direito e a justiça, não é a coisa rara. É encontrada em maior ou menor extensão em todas as nossas instituições. Se alguém comete uma falta, alguns há que a tornam o assunto em torno do qual falam até que ele atinja grandes proporções. Em lugar disso, deveria haver em todos os que estão empregados em nossas instituições um sagrado princípio de preservar o interesse e a reputação de todos com os quais estão associados, assim como eles desejariam que a sua própria reputação fosse resguardada. Resultados do pecado acariciado CSa 298 2 O mais poderoso baluarte do vício em nosso mundo, não é a vida iníqua do abandonado pecador ou do degradado; é a vida que, ao contrário, parece virtuosa, respeitável e nobre, mas na qual é nutrido um pecado; a vida em que há complacência com um vício. Para a alma que está lutando intimamente contra alguma gigantesca tentação, tremendo à beira de um abismo, tal exemplo é um dos mais poderosos estímulos a pecar. Aquele que, dotado de altas concepções da vida, da verdade e da honra, transgride ainda voluntariamente um preceito da santa lei de Deus, perverteu seus nobres dons, tornando-os um laço para o pecado. O gênio, o talento, a simpatia, mesmo a generosidade e as boas ações, podem tornar-se um engodo de Satanás para seduzir almas para o precipício da ruína nesta vida e na por vir. -- O Maior Discurso de Cristo, 82 (1896). Olhando para Jesus CSa 299 1 À noite passada tive uma maravilhosa experiência. Achava-me em uma reunião na qual eram feitas perguntas e respondidas. Despertei à uma hora e levantei-me. Durante algum tempo andei pelo quarto, orando muito fervorosamente por clareza mental, poder de entendimento e força para escrever as coisas que deviam ser escritas. Roguei ao Senhor que me ajudas-se a dar um testemunho que desperte o Seu povo antes que seja tarde demais. ... CSa 299 2 Minha alma foi levada à consideração de assuntos relacionados com o futuro desenvolvimento da obra de Deus. Os que tiveram pouca experiência no começo da obra, erram muitas vezes no julgamento com respeito à maneira pela qual deve ela ser levada avante. São eles tentados em muitos pontos. Pensam que seria melhor se os obreiros talentosos recebessem maiores salários, de acordo com a importância do trabalho que fazem. CSa 299 3 Alguém que possui autoridade, porém, levantou-Se entre nós na reunião em que eu me achava presente na noite passada e pronunciou palavras que devem decidir a questão. Disse Ele: "Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, acompanhai a Sua obra desde que Ele assumiu a humanidade, e lembrai-vos de que Ele é o vosso exemplo. Na obra de salvação de almas, Sua vida divino-humana em nosso mundo deve ser o vosso guia. Ele fez o mundo; contudo, quando esteve na Terra não tinha onde reclinar a cabeça." CSa 299 4 Fossem dados salários mais altos aos obreiros mais talentosos, os que realizam a mais laboriosa parte da obra desejariam salários mais elevados também, e diriam que o seu trabalho é tão necessário quanto qualquer outro. CSa 299 5 A obra deve ser levada avante em muitos setores. Novos* territórios devem ser acrescentados. Não se deve criar qualquer "Jerusalém-centro". Se tais centros forem feitos, haverá um dispersamento de pessoas para fora deles, pelo Senhor Deus do Céu. CSa 300 1 A obra de Deus deve prosseguir sem aparência exterior. Ao fundarmos instituições, jamais devemos competir com instituições do mundo em tamanho ou esplendor. Não devemos aliar-nos com os que não amam nem temem a Deus. Os que não possuem a luz da verdade presente, que são incapazes de suportar a visão dAquele que é invisível, são rodeados pelas trevas espirituais que são como as trevas da meia-noite. Interiormente, tudo é sombra. Eles não conhecem o significado da alegria no Senhor. Não têm nenhum interesse nas realidades eternas. Sua atenção está absorta nas coisas triviais da Terra. Eles transformam a diligência em vaidade, apegando-se a meios ilícitos para obterem vantagens. Tendo deixado a Deus, a fonte das águas vivas, cavaram para si mesmos cisternas rotas que não podem reter a água. Não deve acontecer isso com os que experimentaram o poder do mundo por vir. Economia e espírito de sacrifício CSa 300 2 Semeai as sementes da verdade onde quer que tenhais oportunidade. Ao estabelecerdes a obra em novos lugares, economizai de todas as maneiras possíveis. Ajuntai os fragmentos; coisa alguma deve perder-se. ... CSa 300 3 Estamos próximos do fim da história da Terra, e os diversos ramos da obra de Deus devem ser levados avante com muito mais desprendimento do que já foram. A obra destes últimos dias é uma obra missionária. A verdade presente, desde a primeira letra do alfabeto até a última, significa esforço missionário. A obra a ser feita reclama sacrifício a cada passo do progresso. Os obreiros devem sair da prova purificados e refinados, como o ouro provado no fogo. Cooperação entre as escolas e os sanatórios CSa 301 1 Convém que os nossos centros de instrução para obreiros cristãos estejam localizados próximos de nossas instituições de saúde, de maneira que os alunos aprendam os princípios da vida sadia. As instituições que formam obreiros capazes de apresentar a razão da sua fé, e cuja fé se manifesta em atos de amor e purifica a alma, têm grande valor. Foi-me mostrado claramente que onde quer que seja possível, devem ser fundadas escolas, próximo dos nossos sanatórios, a fim de que cada instituição seja um auxílio e amparo a outra. Aquele que criou o homem Se interessa pelos que sofrem. Ele dirigiu a fundação dos nossos sanatórios, bem como a construção das nossas escolas junto deles, a fim de que venham a tornar-se meios eficazes no preparo de homens e mulheres para a obra que tem por objetivo aliviar os sofrimentos da humanidade. CSa 301 2 Lembrem-se os funcionários da obra médica adventista do sétimo dia, de que o Senhor Deus onipotente reina. Cristo é o maior dos médicos que já pisou a Terra amaldiçoada pelo pecado. O Senhor quer que Seu povo a Ele recorra em busca da capacidade de curar. Ele batizará os Seus com o Espírito Santo, capacitando-os para servirem de modo que sejam uma bênção ao restituírem a saúde espiritual e física aos que necessitam cura. ... CSa 301 3 O Senhor quer que os obreiros façam esforços especiais para apontar aos enfermos e sofredores o Grande Médico que formou o corpo humano. -- Testemunhos Selectos 3:376. Eqüidade em questões de salário CSa 302 1 Prezado irmão: CSa 302 2 Suponho não ter demorado muito para cumprir a minha promessa de escrever-lhe. Estive pensando no problema que lhe esteve agitando a mente com respeito aos salários. O senhor sugere que se pagarmos salários mais elevados, poderemos conseguir homens de habilidade para preencher importantes posições de responsabilidade. Pode ser que isto esteja certo, mas eu lamentaria muito ao ver nossos obreiros conservados em nossa obra por causa do salário que recebem. Necessitam-se na causa de Deus obreiros que façam um concerto com Ele com sacrifício, que trabalhem por amor às almas e não pelo salário que recebam. CSa 302 3 Sua opinião com respeito aos salários, meu mui digno irmão, é a linguagem do mundo. Serviço é serviço, e uma espécie de trabalho é tão necessária quanto a outra. A cada homem é dada sua obra. Há trabalho difícil que exige esforço para ser feito -- trabalho que envolve tributos desagradáveis e que exigem habilidade e tato. Na obra de Deus, requerem-se tanto as faculdades físicas quanto as mentais, e ambas são indispensáveis. Uma é tão necessária quanto a outra. Se tentarmos estabelecer uma distinção entre o trabalho mental e físico, colocar-nos-emos em situação muito difícil. CSa 302 4 A experiência de se darem aos homens salários elevados tem sido tentada nas casas publicadoras. Alguns homens têm embolsado polpudos salários, enquanto outros, que fazem trabalho igualmente penoso e complicado, têm recebido apenas o necessário para manter as suas famílias. E contudo, seus esforços eram igualmente grandes, e muitas vezes os homens foram sobrecarregados e se extenuaram, enquanto outros, que não levavam metade dos encargos, recebiam o dobro do salário. O Senhor vê todas estas coisas, e certamente chamará à* prestação de contas; pois Ele é um Deus de justiça e eqüidade. CSa 303 1 Os que têm conhecimento da verdade para este tempo devem ser puros, sem mácula e nobres em todas as suas transações comerciais. Nenhum dos servos de Deus deve ter fome e sede das posições mais elevadas como diretor ou gerente. Tais postos estão repletos de grandes tentações. CSa 303 2 Nossos enfermeiros são animados a comprometer-se a trabalhar para certos grupos por determinada soma. Eles se comprometem a trabalhar dessa e daquela forma, e depois estão descontentes. É necessário que se mostre mais igualdade no trato para com os nossos enfermeiros. Há entre nós enfermeiros inteligentes e conscienciosos, que trabalham fielmente e a todo tempo. É de enfermeiros como estes que necessitamos, e eles devem receber melhores salários, a fim de que se ficarem doentes, tenham bastante dinheiro guardado que lhes permita obterem um repouso e uma mudança. Além disso, muitas vezes os pais desses enfermeiros fazem grande sacrifício para tornar possível aos seus filhos fazerem o curso de enfermagem. É muito natural que quando esses filhos tiverem recebido a sua educação, seja-lhes dada suficiente remuneração para capacitá-los a auxiliarem seus pais, caso estes necessitem de auxílio. Econômicos por princípios CSa 303 3 Aqueles cujas mãos estão abertas para responder aos apelos em prol de meios para manter a causa de Deus e aliviar os sofredores e necessitados, não são os descuidados, negligentes e vagarosos em dirigir os seus negócios. Eles são sempre cuidadosos em manter suas despesas dentro de suas receitas. São econômicos por princípio; sentem que é seu dever economizar, para que possam ter alguma coisa para dar. -- Testimonies for the Church 4:573 (1881). Compensação CSa 304 1 Deus não deseja que Sua obra esteja constantemente envolvida em dívida. Quando parecer conveniente aumentar os nossos edifícios ou outras dependências de uma instituição, evitai ir além dos vossos meios. Preferi adiar o melhoramento até que a Providência abra o caminho para que ele seja realizado sem contrairdes pesadas dívidas e terdes que pagar juros. CSa 304 2 As casas publicadoras tornaram-se lugares de depósito pelo nosso povo, e dessa maneira se tornaram capazes de fornecer meios para manter setores da obra nos diferentes campos, e têm auxiliado na condução de outros empreendimentos. Isto está certo. Não tem sido feito muita coisa neste sentido. O Senhor vê tudo isto. De acordo, porém, com a luz que Ele me deu, devem-se envidar todos os esforços para estarem livres de dívidas. CSa 304 3 A obra de publicações foi iniciada com sacrifício e deve ser administrada de acordo com princípios econômicos estritos. A questão das finanças pode ser enfrentada se, ao surgir uma carência de meios, os obreiros concordarem em uma redução nos salários. Este foi o princípio que o Senhor me revelou para ser levado às nossas instituições. Quando o dinheiro for escasso, devemos estar dispostos a restringir as nossas necessidades. CSa 304 4 Que se faça o cálculo exato das publicações, e depois estudem todos os que se acham em nossas casas publicadoras todas as maneiras possíveis de economizar, embora se traga assim considerável inconveniência. Tende cuidado com as pequenas despesas. Estancai todo vazamento. São as pequeninas perdas que falam alto no fim. Ajuntai os pedaços; coisa alguma deve perder-se. Não gasteis os minutos conversando; os* minutos gastos arruínam as horas. A persistente diligência, que opera com fé, será sempre coroada de êxito. Alguns pensam que rebaixa a sua dignidade o cuidar de coisas pequenas. Pensam eles ser isto a evidência de uma mente estreita e de um espírito mesquinho. Mas as pequenas infiltrações têm posto a pique muito navio. Não se deve permitir que coisa alguma que se destine ao propósito de todos seja desperdiçada. A falta de economia acarretará certamente dívida às nossas instituições. Embora se possa receber muito dinheiro, este se perderá nos pequenos gastos de cada ramo da obra. Economia não é mesquinhez. CSa 305 1 Todo homem ou mulher empregado na casa publicadora deve ser uma fiel sentinela, que vigie para que nada seja desperdiçado. Todos devem acautelar-se contra supostas necessidades que exijam o emprego de meios. Alguns homens vivem melhor com quatrocentos dólares por ano do que outros com oitocentos. A mesma coisa se dá com nossas instituições; algumas pessoas podem dirigi-las com muito menos capital do que outras. Deus deseja que todos os obreiros exerçam economia, e especialmente que sejam fiéis em calcular as despesas. CSa 305 2 Todo obreiro de nossas instituições deve receber justa remuneração. Se os obreiros receberem salários adequados, eles terão a satisfação de fazer doações à causa. Não é justo que alguns recebam grande somas, e outros, que estão realizando trabalho necessário e fiel, muito pouco. CSa 305 3 Não obstante, há casos em que se deve estabelecer uma diferença. Há homens ligados com as casas publicadoras que desempenham pesadas responsabilidades, e cujo trabalho é de grande valor para a instituição. Em muitas outras posições eles poderiam ter muito menos cuidado e, financeiramente, obterem muito maior remuneração. Todos podem ver a injustiça de não se pagar a esses homens nenhum salário a mais do que se paga a simples operários de mecânica. CSa 305 4 Se uma mulher for apontada por Deus para fazer certo trabalho, seu trabalho deve ser calculado de acordo com o seu valor. Alguns podem pensar que seja correto permitir que as pessoas devotem seu tempo e trabalho à obra sem remuneração. Deus, porém, não sanciona tais arranjos. Ao se exigir sacrifício por causa de falta de recursos, não se deve fazer recair o fardo exclusivamente sobre umas poucas pessoas. Todos devem unir-se nesse sacrifício. CSa 306 1 O Senhor deseja que os que têm o encargo de Seus bens revelem bondade e liberdade, não mesquinhez. Não devem eles, em seu trato, procurar exigir cada centavo possível. Deus olha com desprezo para tais métodos. ... CSa 306 2 O Senhor necessita de homens que vejam a obra em sua magnitude, e que compreendam os princípios que com ela têm estado entrelaçados desde o seu surgimento. Ele não deseja que um sistema mundano de coisas venha amoldar a obra em rumos inteiramente diferentes dos que destinou ao Seu povo. A obra deve levar o caráter de seu Originador. CSa 306 3 No sacrifício de Cristo pelos homens caídos, a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. Quando esses atributos estão separados da mais maravilhosa e visivelmente bem-sucedida obra, esta é de nenhum valor. CSa 306 4 Deus não escolheu uns poucos homens para Sua estima, e deixou outros abandonados. Ele não exalta um, e abate e oprime outro. Todos os que são verdadeiramente convertidos manifestarão o mesmo espírito. Eles tratarão os seus semelhantes como tratariam a Cristo. Um não ignorará os direitos do outro. CSa 306 5 Os servos de Deus devem ter tão grande respeito pela sagrada obra que estão manejando que não tragam para ela nenhum vestígio de egoísmo. Não haja salários exorbitantes CSa 307 1 A nenhum homem deve ser concedido salários exorbitantes, embora possua ele aptidões e qualificações especiais. O trabalho feito para Deus e Sua causa não deve ser colocado em base mercenária. Nenhuma sobrecarga a mais têm os obreiros da casa publicadora, gasto algum maior, nenhuma responsabilidade mais pesada do que os obreiros de outros setores. Seu trabalho não é mais cansativo de que o do fiel ministro. Ao contrário, os ministros fazem, via de regra, maiores sacrifícios do que os realizados pelos obreiros de nossas instituições. Os ministros vão onde são enviados; são soldados, prontos para se locomoverem a qualquer momento, para enfrentar qualquer emergência. São, até certo ponto, forçosamente separados de suas famílias. Os obreiros das casas publicadoras, têm, em geral, uma casa permanente, e podem viver com suas famílias. Isto é uma grande economia e deve ser considerado comparando-se a relativa compensação dos obreiros do ministério com os das casas publicadoras. CSa 307 2 Os que trabalham sem reservas na vinha do Senhor, empregando o máximo de sua habilidade, não são os que mais alto valor dão aos seus próprios serviços. Em lugar de se encherem de orgulho e presunção, e calcularem com exatidão cada hora de trabalho, comparam seus esforços com o trabalho do Salvador, e se consideram servos inúteis. CSa 307 3 Irmãos, não considereis quão pouco podeis fazer para atingir padrão bem mais baixo, mas despertai-vos para vos apossar da plenitude de Cristo, a fim de que possais fazer muito por Ele. -- Testimonies for the Church 7:208, 209 (1902). Auxiliai os que necessitam de ajuda CSa 308 1 Como instrumentos de Deus, cumpre-nos ter coração de carne, cheio da caridade que nos leve a auxiliar aqueles que necessitam mais do que nós mesmos. Se virmos nossos irmãos e irmãs em luta com a pobreza e a dívida, caso vejamos igrejas necessitando de auxílio financeiro, devemos manifestar um desprendido interesse por eles e auxiliá-los na proporção em que Deus nos fez prosperar. Se vós que sois responsáveis por uma instituição virdes outras instituições lutando corajosamente para se equilibrarem, de maneira que possam fazer uma obra semelhante à da instituição à qual estais ligados, não sejais invejosos. CSa 308 2 Não procureis afastar um elemento de trabalho, e exaltar-vos a vós mesmos com superioridade consciente. Antes reduzi alguns dos vossos grandes planos e auxiliai os que estão lutando. Ajudai-os a levar avante alguns dos planos para aumentar suas instalações. Não useis cada dólar para ampliar vossas instalações e aumentar vossas responsabilidades. Reservai parte de vossos meios para fundar instituições de saúde e escolas em outros lugares. Necessitais de grande sabedoria para saber exatamente onde colocar essas instituições, de maneira que o povo seja o mais beneficiado. Todos estes assuntos devem merecer sincera consideração. CSa 308 3 Os que se acham em posições de responsabilidade necessitam de sabedoria do alto a fim de agir com justiça, amar a misericórdia e mostrar misericórdia, não apenas a uns poucos, mas a todos com quem entrarem em contato. Cristo identifica os Seus interesses com os de Seu povo, não importa quão pobre e necessitado seja ele. Devem-se fundar missões para as pessoas de cor, e todos devem procurar fazer alguma coisa e fazê-lo agora.* CSa 309 1 Há necessidade de que se estabeleçam instituições em lugares diversos, para que homens e mulheres sejam postos em atividade e façam o seu melhor no temor de Deus. Ninguém deve perder de vista sua missão e obra. Devem todos ter em mira levar a bom termo a obra depositada em suas mãos. Todas as nossas instituições devem conservar isto em mente e esforçarem-se para obter sucesso; ao mesmo tempo, porém, devem elas lembrar-se de que seu sucesso aumentará na proporção em que exercerem desinteressada liberalidade, partilhando sua abundância com instituições que estão lutando para manter-se em pé. Nossas instituições prósperas devem auxiliar as instituições que Deus afirmou que devem viver e prosperar, mas que ainda estão lutando pela existência. Há entre nós uma parcela muito limitada de amor verdadeiro e desinteressado. Diz o Senhor: "E qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é caridade." "Se nos amarmos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade." 1 João 4:7, 8, 12. Não é agradável a Deus ver o homem a olhar exclusivamente para o que é propriamente seu, e fechando os olhos aos interesses dos outros. O que uma instituição pode fazer por outra CSa 309 2 Na providência de Deus o Sanatório de Battle Creek prosperou grandemente, e durante o ano vindouro os que cuidam dele devem restringir as suas necessidades. Em lugar de fazerem tudo o que gostariam para aumentar as suas instalações, devem eles fazer trabalho desinteressado para Deus, estendendo a mão da beneficência aos interesses centralizados em outras partes. Que benefício não poderiam eles conceder ao Retiro Rural da Saúde, em Santa Helena, ao darem alguns milhares de dólares para este empreendimento! Tal donativo estimularia os que estão encarregados, inspirando-os a se movimentarem para frente e para o alto. CSa 309 3 Fizeram-se doações ao Sanatório de Battle Creek no início de sua história, e não deveria esta instituição considerar cuidadosamente o que fazer pela instituição irmã na Costa do Pacífico? Meus irmãos de Battle Creek, não parece estar de acordo com a ordem divina restringirdes vossas necessidades, diminuirdes vossas operações de construção e não aumentardes as nossas instituições neste centro? Por que não considerais ser vosso privilégio e dever auxiliar os que necessitam de ajuda? Reforma necessária CSa 310 1 Fui instruída de que a reforma é necessária em todos estes aspectos, a fim de que possa haver mais liberalidade entre nós. Há perigo constante de que mesmo os Adventistas do Sétimo Dia sejam vencidos por ambição egoísta e queiram concentrar todos os meios e energias nos interesses de cuja direção estão à frente de modo especial. Há o perigo de que os homens permitam que um sentimento de ciúme se desperte em seu coração e de que eles se tornem invejosos de interesses tão importantes quanto os que dirigem. Os que experimentam a graça do cristianismo puro não podem olhar com indiferentismo a qualquer parte da obra na grande vinha do Senhor. Aqueles que estão verdadeiramente convertidos demonstrarão igual interesse pela obra em todas as partes da vinha e estarão prontos para ajudar onde quer que haja necessidade de auxílio. CSa 310 2 É o egoísmo que impede os homens de enviar auxílio aos lugares em que a obra de Deus não é tão próspera quanto as instituições sobre as quais eles mantêm supervisão. Os que têm responsabilidades devem cuidadosamente buscar o bem-estar de cada ramo da causa e obra de Deus. Devem incentivar e manter os interesses dos outros campos, tanto quanto os interesses do seu próprio. Assim os laços da fraternidade seriam fortalecidos entre os membros da família de Deus na Terra e se fecharia a porta às rivalidades e aos ressentimentos mesquinhos que a posição e a prosperidade certamente despertarão, a não ser que a graça de Deus controle o coração. CSa 311 1 "E digo isto", escreve Paulo, "que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra. ... Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também abunda em muitas graças, que se dão a Deus. Visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos; e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. Graças a Deus pois pelo Seu dom inefável." 2 Coríntios 9:6-8, 11-15. ... A questão dos salários CSa 311 2 A instituição está agora em boas condições, e seus dirigentes não devem insistir na baixa categoria dos salários, necessária em seus primeiros anos. Os obreiros dignos e eficientes devem receber salários justos pelo seu trabalho, e se lhes deve permitir exercer o seu próprio juízo quanto ao uso que devem fazer dos seus proventos. Em caso algum devem eles ser sobrecarregados. Os próprios médicos-chefe devem receber maiores salários. CSa 311 3 Desejo dizer aos médicos-chefe: Embora não tenhais o assunto dos salários sob vossa supervisão pessoal, é melhor que atenteis cuidadosamente para esse problema; pois sois responsáveis, como cabeça da instituição. Não imponhais aos obreiros tantos sacrifícios. Restringi vossa ambição de aumentar a instituição e acumular responsabilidades. Permiti que alguns dos meios que fluem para o sanatório sejam dados às instituições que necessitam de auxílio. Com certeza isto está correto. Está de acordo com a vontade e a direção divinas, e trará a bênção de Deus ao sanatório. CSa 312 1 Desejo dizer particularmente ao quadro de diretores: "Lembrai-vos de que os obreiros devem ser pagos de acordo com a sua fidelidade. Deus deseja que procedamos uns para com os outros com a mais absoluta fidelidade. Alguns de vós estais sobrecarregados de cuidados e responsabilidades, e fui instruída de que há o perigo de vos tornardes egoístas e injustos para com aqueles a quem empregais." CSa 312 2 Cada transação comercial, quer seja ela realizada com um obreiro que ocupe posição de responsabilidade, quer com o mais humilde obreiro relacionado com o sanatório, deve ser tal que Deus possa aprovar. Andai na luz enquanto tendes luz, para que as trevas vos não alcancem. Será muito melhor gastar muito menos em construir, e dar aos vossos obreiros salários que correspondam ao valor do seu trabalho, exercendo para com eles a misericórdia e a justiça. CSa 312 3 De acordo com a luz que o Senhor achou por bem conceder-me, sei que Ele não está contente com muitas coisas que têm ocorrido com referência aos nossos obreiros. Deus não me revelou cada pormenor, mas têm vindo advertências de que em muitas coisas é necessário decidida reforma. Foi-me mostrado que há necessidade de que pais e mães em Israel estejam unidos com a instituição. Devem-se empregar homens e mulheres devotados que, por não se acharem constantemente opressos por cuidados e responsabilidades, possam olhar pelo interesse espiritual dos empregados. É necessário que tais homens e mulheres estejam constantemente em atividade nos setores missionários desta grande instituição. Não está sendo feito nem metade do que se poderia fazer nesse sentido. Deve ser função desses homens e mulheres trabalharem pelos que estão empregados nas fileiras espirituais, dando-lhes instrução que lhes ensine a ganhar almas, mostrando-lhes que isso deve ser feito não pelo muito falar, mas por uma vida coerente e semelhante à de Cristo. Os obreiros estão expostos a influências mundanas, mas em lugar de serem moldados por essas influências, devem eles ser consagrados missionários, controlados por uma influência que eleva e aprimora. Dessa forma aprenderão a ir ao encontro dos descrentes e a exercer uma influência que os conquistará para Cristo. Condutos de bênção CSa 313 1 Cooranbong, N. S. W., 28 de Agosto de 1895, Deus tem uma obra para cada crente que trabalha no sanatório. Cada enfermeiro deve ser um conduto de bênção, recebendo iluminação do alto e deixando-a brilhar para os outros. Os obreiros não devem amoldar-se à exibição de modas dos que acodem ao sanatório em busca de tratamento, mas devem consagrar-se a Deus. A atmosfera que lhes circunda a alma deve ser um cheiro de vida para vida. As tentações assediarão de todos os lados, mas eles devem pedir a Deus Sua presença e guia. Disse o Senhor a Moisés: "Certamente serei contigo"; e a todo obreiro fiel e consagrado é dada a mesma certeza.* Obreiros do sanatório CSa 314 1 Prezado irmão: Foi o senhor informado de quanto o Dr. _____ se propôs cobrar pelos seus serviços? Se um médico faz habilmente o seu trabalho, deve-se reconhecer o seu talento, mas há perigo de sermos levados a perplexidade. Se introduzirmos um novo sistema de pagar aos nossos cirurgiões salários elevados, poderá haver um problema difícil de se resolver depois de algum tempo. Outros médicos reclamarão salários elevados, e nossos ministros pedirão consideração, também. ... CSa 314 2 Há grande necessidade de se fazerem reformas definidas com relação à nossa maneira de proceder para com os obreiros de nossos sanatórios. Devem-se empregar obreiros fiéis e conscienciosos, e ao realizarem eles considerável quantidade de trabalho em um dia, devem ser dispensados, a fim de que possam obter o necessário descanso. CSa 314 3 Deve-se exigir apenas uma razoável quantidade de trabalho, e por esta deve o obreiro receber salário justo. Se não forem concedidos aos auxiliares períodos apropriados de descanso de seu cansativo trabalho, eles perderão sua energia e vitalidade. Possivelmente não poderão eles apreciar devidamente o trabalho, nem poderão representar o que deve ser um empregado do sanatório. Devem-se empregar mais auxiliares, se necessário, e cumpre que o trabalho seja distribuído de tal forma que, ao ter completado um dia de trabalho, possa ser dispensado para obter o necessário descanso à conservação de suas energias. CSa 314 4 Homem algum deve considerar sua atribuição julgar da quantidade de trabalho que uma senhora deve realizar. A mulher competente deve ser empregada como enfermeira-chefe, e se alguém não desempenhar fielmente o seu trabalho, deve a enfermeira-chefe resolver a questão. Devem-se pagar* salários justos, e toda mulher deve ser tratada bondosa e cortesmente, sem repreensões. CSa 315 1 E os que têm cargo de chefia, cuidem-se de que não sejam demasiado exigentes. Os homens devem ter horas regulares de serviço, e ao terem trabalhado o tempo integral, não se lhes deve negar o seu período de descanso. Um sanatório deve ser tudo o que o nome indica. CSa 315 2 Cada obreiro deve procurar preparar-se para desempenhar o seu trabalho eficientemente. A enfermeira-chefe deve ensinar as que estão a seu cargo a fazerem movimentos rápidos e cuidadosos. Preparai os jovens para realizarem a obra com tato e perfeição. Então, quando as horas de trabalho estiverem terminadas, todos sentirão que o tempo foi gasto fielmente e os obreiros estão com justo direito a um período de descanso. CSa 315 3 Devem-se proporcionar vantagens educacionais aos obreiros em cada sanatório. Deve-se dar aos obreiros toda vantagem possível coerente com o trabalho que lhes foi designado. Reconhecimento do trabalho honesto CSa 315 4 Devem os obreiros receber remuneração de acordo com as horas que eles dedicam a trabalho honesto. Aquele que dedica tempo integral deve receber de acordo com o tempo. Se alguém emprega mente, alma e energia na condução de responsabilidades, deve ser pago de acordo com isso. -- Testimonies for the Church 7:208 (1902). O exemplo de Cristo CSa 316 1 Prezado irmão: Certa ocasião o senhor fez a sugestão de que se os administradores de nossas instituições oferecessem salários mais altos, conseguiriam uma classe de obreiros mais elevada e, conseqüentemente um tipo mais elevado de trabalho. Meu irmão, tal raciocínio não está em harmonia com os planos do Senhor. Somos todos Seus servos. Não pertencemos a nós mesmos. Fomos comprados por um preço e devemos glorificar a Deus em nosso corpo e em nosso espírito, os quais Lhe pertencem. Esta é uma lição que precisamos aprender. Necessitamos da disciplina tão indispensável ao desenvolvimento da perfeição do caráter cristão. CSa 316 2 Nossas instituições devem estar inteiramente sob a supervisão de Deus. Elas foram estabelecidas com sacrifício, e somente com sacrifício pode sua obra ser levada avante com sucesso. Uma obra em expansão CSa 316 3 Repousa sobre todos os que estão empenhados na obra do Senhor a responsabilidade do cumprimento da ordem: "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado." Mateus 28:19, 20. CSa 316 4 Cristo mesmo nos deu o exemplo de como devemos trabalhar. Lede o capítulo quatro de Mateus, e aprendei os métodos que Cristo, o Príncipe da vida, seguiu em Seus ensinos. "E deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali; para que se cumpris-se o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: A terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além* do Jordão, a Galiléia das nações; o povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou." Mateus 4:13-16. CSa 317 1 "E Jesus, andando junto ao Mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; e disse-lhes: Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-nO. E adiantando-Se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-nO." Mateus 4:18-22. CSa 317 2 Estes humildes pescadores foram os primeiros discípulos de Cristo. Ele não disse que eles deveriam receber certa importância por seus serviços. Deveriam participar com Ele de Sua abnegação e sacrifícios. CSa 317 3 "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a Sua fama correu por toda a Síria, e traziam-Lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e os curava." Mateus 4:23, 24. CSa 317 4 Em todo o sentido da palavra foi Cristo um médico-missionário. Veio a este mundo para pregar o evangelho e curar os enfermos. Como restaurador da saúde tanto do corpo como da alma dos seres humanos. Sua mensagem era que a obediência às leis do reino de Deus trarão aos homens e mulheres saúde e prosperidade. ... CSa 318 1 Cristo poderia ter ocupado a mais elevada posição entre os maiores mestres da nação judaica. Ele, porém, escolheu de preferência levar o evangelho aos pobres. Foi de um lugar a outro, a fim de que os que se achavam nos caminhos e atalhos pudessem compreender as palavras do evangelho da verdade. Trabalhou da maneira pela qual deseja que seus obreiros trabalhem hoje. Junto ao mar, no sopé das montanhas, nas ruas das cidades, ouvia-se-Lhe a voz a explicar as escrituras do Velho Testamento. Tão diferente era a Sua explicação da que os escribas e fariseus davam, que a atenção do povo estava presa. Ensinava como alguém que tem autoridade, e não como os escribas. Com clareza e poder proclamava Ele a mensagem do evangelho. CSa 318 2 Jamais houve evangelista semelhante a Cristo. Era Ele a Majestade do Céu, mas Se humilhou para tomar a nossa natureza, a fim de que pudesse ir de encontro aos homens onde estes estivessem. A todas as pessoas, ricas e pobres, livres e servos, Cristo, o Mensageiro do Concerto, trouxe as novas de salvação. Como as pessoas afluíam para Ele! De longe e de perto vinham elas em busca de saúde, e Ele as curava a todas. Sua fama como o Grande Doador da saúde estendeu-se por toda a Palestina, desde Jerusalém até a Síria. Os doentes vinham aos lugares pelos quais pensavam que Ele poderia passar, a fim de que pudessem suplicar-Lhe auxílio, e Ele os curava de suas enfermidades. Aí, também, vinham os ricos, ansiosos por ouvir-Lhe as palavras e receber o toque de Sua mão. Dessa forma, ia Ele de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, pregando o evangelho e curando os doentes -- o Rei da glória na humilde roupagem da humanidade. "Sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela Sua pobreza enriquecêsseis." 2 Coríntios 8:9. Simplicidade e economia CSa 319 1 Ao ser estabelecida e levada avante a obra, deve-se demonstrar sempre a mais rigorosa economia. Devem-se empregar obreiros que sejam produtores e ao mesmo tempo consumidores. Em nenhum caso se deve aplicar dinheiro para ostentação. A obra evangélica médico-missionária deve ser empreendida com simplicidade, como o foi a obra da Majestade do Céu que, vendo a necessidade de um mundo perdido e pecaminoso, colocou de lado Suas vestes reais e a régia coroa e revestiu de humanidade Sua divindade, a fim de que pudesse estar à frente da humanidade. Ele dirigiu Sua obra missionária de maneira a deixar um perfeito exemplo para ser seguido pelos seres humanos. "Se alguém quiser vir após Mim", declarou Ele, "renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz, e siga-Me." Mateus 16:24. Todo verdadeiro médico-missionário deverá obedecer a estas palavras. Não fará qualquer esforço para seguir os costumes mundanos e fazer uma exibição, pensando que assim conquistará almas para o Salvador. Não, não. Se a Majestade do Céu pôde deixar o Seu lar glorioso para vir a um mundo desfigurado e arruinado pela maldição, para introduzir métodos corretos de realizar a obra médico-missionária, nós, Seus seguidores, devemos exercer a mesma renúncia e sacrifício. CSa 319 2 Cristo fez a todos o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. Se todos tomarem o jugo de Cristo, se aprenderem todos em Sua escola as lições que Ele ensina, haverá meios suficientes para introduzir a obra evangélica médico-missionária em muitos lugares.* CSa 320 1 Ninguém deve dizer: "Empregar-me-ei nesta obra por uma soma estipulada. Se eu não receber esta importância, não realizarei a obra." Os que isto dizem mostram que não estão levando o jugo de Cristo; eles não estão aprendendo de Sua mansidão e humildade. Cristo poderia ter vindo a este mundo com um séquito de anjos; em lugar disso, porém, veio como uma criancinha e viveu uma vida de humildade e pobreza. Sua glória estava em Sua simplicidade. Ele sofreu por nós as privações da pobreza. Recusaremos negar-nos a nós mesmos por Seu amor? Recusaremos tornar-nos obreiros missionários-médicos a não ser que possamos seguir os costumes do mundo, fazendo uma exibição semelhante à que fazem os mundanos? ... CSa 320 2 Meu irmão e minha irmã, dedicai-vos a vossa obra justamente onde estais. Fazei o melhor, olhando sempre para Jesus, o Autor e Consumador da nossa fé. De nenhuma outra maneira podemos fazer a obra de Deus e engrandecer a Sua verdade a não ser seguindo os passos dAquele que deixou Seu alto posto para vir ao nosso mundo, para que por meio de Sua humilhação e sofrimento, os seres humanos pudessem tornar-se participantes da natureza divina. Ele tornou-Se pobre por nós, para que por Sua pobreza pudéssemos entrar na posse das riquezas eternas. ... CSa 320 3 Necessitam-se agora homens inteligentes, abnegados, desprendidos -- homens que reconheçam a solenidade e importância da obra de Deus, e que, como filantropos cristãos, cumpram a ordem de Cristo. A obra médico-missionária que se nos deu para fazer significa alguma coisa para todos nós. É uma obra de salvação de almas; é a proclamação da mensagem do evangelho. ------------------------Seção 7 -- O médico cristão Uma profissão de responsabilidade CSa 321 1 "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Os profissionais, seja qual for a sua vocação, necessitam de sabedoria divina. O médico, porém, acha-se em especial necessidade dessa sabedoria no lidar com todas as classes de espíritos e de doenças. Sua posição é ainda de mais responsabilidade que a do ministro do evangelho. Ele é chamado a colaborar com Cristo, e precisa de sólidos princípios religiosos e uma firme ligação com o Deus de sabedoria. Caso tome conselho com Deus, o Grande Médico cooperará com seus esforços, e ele andará com a máxima cautela, não seja que, por um movimento inábil, prejudique uma das criaturas de Deus. Será firme ao princípio como uma rocha, todavia bondoso e cortês com todos. Sentirá a responsabilidade de sua posição, e o exercício de sua medicina manifestará que é atuado por motivos puros, desinteressados, e desejo de ser um adorno para a doutrina de Cristo em todas as coisas. Tal médico possuirá uma dignidade de origem celeste, e será poderoso instrumento para o bem do mundo. Embora talvez nãos seja apreciado pelos que não têm ligação com Deus, será todavia honrado pelo Céu. Será à vista de Deus mais precioso que o ouro, o próprio ouro de Ofir. Um exemplo na temperança CSa 321 2 O médico deve ser um homem rigorosamente temperante. Os males físicos da humanidade são inúmeros, e ele deve tratar com a doença em suas múltiplas formas. Ele sabe que muito* sofrimento que procura aliviar é resultado de intemperança e outras formas de condescendências egoístas. É ele chamado para atender a jovens, homens no vigor da vida e homens em idade avançada, que sobre si mesmos trouxeram a doença pelo uso do fumo narcotizante. Se ele for um médico inteligente, será capaz de seguir a pista da doença até à sua causa; a menos, porém, que ele próprio esteja livre do uso do fumo, hesitará em pôr as mãos sobre a fonte de corrupção e em revelar fielmente aos seus pacientes a causa de sua enfermidade. Deixará de insistir com o jovem sobre a necessidade de abandonar o hábito antes que este se torne enraizado. Se ele próprio usa a erva daninha, como pode apresentar aos jovens inexperientes seus perigosos efeitos, não apenas sobre eles mesmos, mas sobre os que os rodeiam? ... CSa 322 1 De todos os homens do mundo, o médico e o ministro especialmente devem possuir hábitos estritamente temperantes. O bem-estar da sociedade reclama abstinência total da parte deles, pois sua influência está a falar constantemente pró ou contra a reforma moral e o aperfeiçoamento da sociedade. É pecado intencional da parte deles serem ignorantes às leis da saúde ou a elas indiferentes, pois eles são olhados como sábios mais do que os outros homens. Isto é verdade principalmente no que diz respeito ao médico, a quem se confia vida humana. Espera-se que ele não transija em hábito algum que possa debilitar as energias vitais. ... CSa 322 2 A questão não é: Que está fazendo o mundo? mas: Que estão fazendo os profissionais com respeito à maldição comum e prevalecente do uso do fumo? Não devem os homens a quem Deus deu inteligência, e que se acham em posições de confiança sagrada, ser leais em seguir o bom senso da inteligência? Não deveriam estes homens responsáveis, que têm a seu cuidado pessoas a quem sua influência poderá orientar numa direção certa ou errada, ser homens-modelos? Não deveriam eles, por preceito e por exemplo, ensinar a obediência às leis que regem o organismo? Se não fizerem uso prático do conhecimento que têm das leis que governam o seu próprio ser, se preferirem a satisfação presente à saúde da mente e do corpo, eles não estão aptos para se incumbirem da vida dos outros. Acham-se eles no dever moral de permanecer na dignidade da condição de homem que lhe foi dada por Deus, livres da servidão de qualquer apetite ou paixão. CSa 323 1 O homem que masca e fuma está causando um dano, não só a si mesmo, mas a todos os que penetram em sua esfera de influência. Se se tiver que chamar um médico, que não se chame o devoto do fumo. Ele não será um conselheiro digno de confiança. Se a doença tiver sua origem no uso do fumo, ele será tentado a mentir e apontar outra causa que não a verdadeira, pois como poderá condenar-se em suas próprias práticas diárias? CSa 323 2 Há muitos modos de praticar a arte de curar; mas só existe um aprovado pelo Céu. Os remédios de Deus são os simples agentes da Natureza, que não sobrecarregarão nem enfraquecerão o organismo mediante suas fortes propriedades. Ar puro e água, asseio, regime adequado, pureza de vida e firme confiança em Deus, são remédios por cuja falta milhares de pessoas estão perecendo; todavia esses remédios estão caindo em desuso, porque seu hábil emprego requer trabalho que o povo não aprecia. Ar puro, exercício, água pura, e morada limpa e aprazível, acham-se ao alcance de todos, com apenas pouca despesa; as drogas, porém, são dispendiosas, tanto no gasto do dinheiro, como no efeito produzido no organismo. O médico dos males espirituais CSa 323 3 A obra do médico cristão não termina com a cura das doenças do corpo; seus esforços devem estender-se aos males do espírito, à salvação da alma. Talvez não seja seu dever, a menos que seja solicitado, apresentar quaisquer pontos teóricos da verdade; mas pode encaminhar seus doentes para Cristo. As lições do Mestre divino são sempre apropriadas. Devem chamar a atenção do descontente para os sempre novos sinais de amor e cuidado da parte de Deus, para Sua sabedoria e bondade, tais como se manifestam nas obras que criou. A mente pode então ser levada, através da Natureza, ao alto, ao Deus da Natureza, e concentrada no Céu por Ele preparado para os que O amam. CSa 324 1 O médico deve saber orar. Em muitos casos, ele precisa aumentar o sofrimento, a fim de salvar a vida; e seja o paciente cristão ou não seja, sente-se mais seguro se sabe que seu médico teme a Deus. A oração dará ao doente uma permanente confiança; e muitas vezes, se seu caso é levado ao Grande Médico com humilde confiança, isto fará mais em seu benefício do que todas as drogas que sejam ministradas. CSa 324 2 Satanás é o causador da doença; e o médico está batalhando contra sua obra e poder. A enfermidade da mente reina por toda parte. Nove décimos das enfermidades sofridas pelo homem têm aí seu fundamento. Talvez algum vivo distúrbio doméstico esteja, como gangrena, roendo até à própria alma, e enfraquecendo as forças vitais. O remorso pelo pecado mina por vezes a constituição, e desequilibra a mente. Há, também, doutrinas errôneas, como a de um inferno eternamente a arder e o tormento perpétuo dos ímpios, as quais por darem uma visão exagerada e torcida do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre espíritos sensíveis. Os infiéis têm aproveitado ao máximo esses casos infelizes, atribuindo a loucura à religião; isto, porém, é grosseira difamação, a qual deverão enfrentar finalmente. A religião de Cristo, bem longe de causar loucura, é um de seus mais eficazes remédios; é poderoso calmante nervoso. CSa 325 1 O médico necessita de sabedoria e poder mais que humanos, a fim de saber a maneira por que deve ministrar aos muitos casos desconcertantes de doença da mente e do coração com que é chamado a lidar. Se ele ignora o poder da graça divina, não pode ajudar ao doente, antes agravará o mal; mas se está firmemente apoiado em Deus, será capaz de ajudar a mente enferma, perturbada. Será capaz de encaminhar seus pacientes a Cristo, e ensiná-los a levarem todos os seus cuidados e perplexidades ao grande Portador de fardos. CSa 325 2 Há uma ligação divinamente indicada entre o pecado e a doença. Médico algum pode clinicar por um mês sem isto lhes ser exemplificado. Talvez ele ignore o fato; sua mente poderá estar tão ocupada com outros assuntos, que a atenção não lhe seja chamada para isto; mas, se for observador e sincero, não poderá deixar de reconhecer que o pecado e a doença mantêm entre si a relação de causa e efeito. O médico deve ser pronto a ver isto, e agir com harmonia. Havendo ele granjeado a confiança dos doentes aliviando-lhes os sofrimentos e trazendo-os da beira do túmulo, pode ensinar-lhes que a doença é o resultado do pecado; e que é o inimigo caído que os procura seduzir às práticas destruidoras da saúde e da alma. Pode impressionar-lhes o espírito com a necessidade de negarem-se a si mesmos e obedecerem às leis da vida e da saúde. Na mente dos jovens, especialmente, pode ele incutir os retos princípios. CSa 325 3 Deus ama Suas criaturas com um amor que é a um tempo terno e forte. Estabeleceu as leis da Natureza; estas, porém, não são exigências arbitrárias. Todo "Não", seja no que concerne à lei física como no que respeita à lei moral, implica uma promessa. Caso ela seja obedecida, nossos passos serão seguidos de bênçãos; se desobedecida, o resultado será perigo e infelicidade. As leis de Deus visam levar seu povo mais perto dEle. Ele os salvará do mal e os levará ao bem, se quiserem ser conduzidos; forçá-los, porém, Ele jamais fará. ... CSa 326 1 Os médicos que amam e temem a Deus são poucos, comparados aos que são infiéis ou declaradamente irreligiosos; e aqueles que devem ser procurados de preferência à última classe. Podemos bem desconfiar do médico ímpio. Abre-se-lhe a porta da tentação, o ardiloso inimigo sugerirá pensamentos e atos indignos, e apenas o poder da graça divina poderá subjugar as tumultuosas paixões e fortalecer contra o pecado. Aos que são moralmente corruptos não faltam oportunidades para corromper as mentes puras. Como, porém, se apresentará o médico licencioso no dia de Deus? Professando cuidar dos doentes, tem ele traído sagrados encargos. Tem degradado tanto a alma quanto o corpo das criaturas de Deus, e colocado os seus pés no caminho que leva à perdição. Quão terrível é confiarmos os nossos queridos às mãos de um homem impuro, que pode corromper a moral e arruinar a alma! Quão fora de lugar está o médico ímpio à beira da cama do moribundo! Familiaridade com o sofredor CSa 326 2 O médico é quase diariamente posto em face da morte. Caminha, por assim dizer, à beira da sepultura. Em muitos casos, a familiarização com cenas de sofrimento e morte produz despreocupação e indiferença para com a miséria humana, e negligência no tratamento do enfermo. Tais médicos não são capazes de simpatizar ternamente. São ásperos e abruptos, e os doentes sentem pavor ao vê-los aproximarem-se. Esses homens, por maiores que sejam seus conhecimentos e competência, pouco bem podem fazer aos doentes; mas se o amor e a compaixão manifestados por Jesus aos enfermos se misturarem aos conhecimentos do médico, sua própria presença será uma bênção. Ele não considerará o doente um simples exemplar do mecanismo humano, mas uma alma a ser salva ou perdida. A necessidade de simpatia do médico CSa 327 1 Os deveres do médico são árduos. Poucos avaliam a tensão mental e física a que ele está sujeito. Cumpre empregar toda energia e capacidade com o mais intenso anseio, na batalha contra a moléstia e a morte. Muitas vezes ele sabe que um movimento menos hábil da mão, até por um fio de cabelo apenas, em direção errada, pode mandar para a eternidade uma alma não preparada. Quanto precisa o médico fiel da simpatia e das orações do povo de Deus! Seus direitos nesse sentido não são inferiores aos do mais consagrado ministro ou missionário. Privado, como se vê muitas vezes, do necessário repouso e do sono, e mesmo dos privilégios religiosos no sábado, necessita dobrada porção de graça, uma nova provisão a cada dia, do contrário perderá sua segurança em Deus, e estará em risco de imergir mais fundo nas trevas espirituais, do que homens de outras profissões. E todavia é muitas vezes objeto de imerecidas censuras, e deixado sozinho, sujeito às mais cruéis tentações de Satanás, sentindo-se mal compreendido, traído pelos de sua amizade. CSa 327 2 Muitos, conhecendo quão probantes são os deveres do médico, e quão poucas oportunidades têm eles de libertar-se do cuidado, mesmo no sábado, não escolherão a medicina como profissão. Mas o grande inimigo está continuamente procurando destruir a obra das mãos de Deus, e homens de cultura e inteligência são chamados a combater-lhe o cruel poder. Necessitam-se mais homens da devida espécie, que se consagrem e esta profissão. Façam-se diligente esforços para induzir homens de aptidão a se habilitarem para esta obra. Devem ser homens cujo caráter esteja baseado nos largos princípios da Palavra de Deus -- homens dotados de natural energia, força e perseverança que os habilitem a atingir elevada norma de excelência. Não é qualquer um que pode dar um médico de êxito. Muitos têm assumido os deveres dessa profissão, de todo sem preparo. Não possuem o conhecimento exigido, nem a habilidade e o tato, o cuidado e a inteligência necessários à garantia do êxito. CSa 328 1 O médico pode prestar muito melhor serviço, se é dotado de resistência física. Se é fraco, não pode resistir ao fatigante labor inerente a sua profissão. Um homem de constituição débil, um dispéptico, ou um que não tenha perfeito domínio de si mesmo, não se pode habilitar ao trato com todas as classes de doença. Tome-se grande cuidado em não animar pessoas que poderiam ser úteis em alguma posição de menos responsabilidade, a estudar medicina, com grande dispêndio de tempo e de meios, quando não há razoável esperança de que venham a ser bem-sucedidas. Desonestidade e infidelidade CSa 328 2 Alguns se têm destacado como homens que poderiam ser médicos de utilidade, e foram estimulados a fazer o curso de medicina. Mas alguns dos que começaram seus estudos nas escolas médicas como cristãos, não conservaram no devido lugar a lei divina; sacrificaram princípios, e perderam sua firmeza em Deus. Acharam que, sozinhos não poderiam guardar o quarto mandamento, e enfrentar as caçoadas e o ridículo dos ambiciosos, dos amantes do mundo, dos superficiais, dos céticos e infiéis. Tal sorte de perseguição, não estavam eles preparados para enfrentar. Eram ambiciosos de subir mais alto no mundo, e tropeçaram na escura montanha da descrença, e tornaram-se indignos de confiança. Abriram-se diante deles tentações de toda espécie, e não tinham forças para resistir. Alguns desses tornaram-se desonestos, homens de planos astuciosos, e culpados de graves pecados. CSa 329 1 Há neste século perigo para todo aquele que entra no estudo da medicina. Freqüentemente seus instrutores são sábios segundo o mundo, e seus colegas infiéis que não se lembram de Deus, e ele está em perigo de ser influenciado por essas associações irreligiosas. Não obstante, alguns têm atravessado o curso médico, e permanecido leais aos princípios. Não estudavam no sábado; e demonstraram que os homens se podem habilitar para os deveres de um médico sem decepcionar as expectativas dos que lhes forneceram meios para fazer seu curso. Como Daniel, honraram a Deus, e Ele os guardou. Daniel propôs em seu coração que não adotaria os costumes das cortes reais; não comeria da comida do rei, nem beberia de seu vinho. Esperaria em Deus quanto à resistência e graça, e Deus lhe deu sabedoria, e habilidade, e conhecimento acima dos astrólogos, adivinhos e magos do reino. Nele se verificou a promessa: "Aos que Me honram, honrarei." 1 Samuel 2:30. CSa 329 2 O jovem médico tem acesso ao Deus de Daniel. Mediante a graça e o poder divinos, pode-se tornar tão eficiente em sua carreira, como era Daniel em sua exaltada posição. É um erro, porém, fazer do preparo científico a coisa todo-importante de sua vida, ao passo que os princípios religiosos, que jazem à própria base de uma clínica bem-sucedida, são negligenciados. Muitos são elogiados como hábeis em sua profissão, mas desdenham a idéias de que necessitam apoiar-se em Jesus quanto à sabedoria em sua obra. Mas se esses homens que confiam no próprio conhecimento científico fossem iluminados pela luz celeste, quão maior excelência viriam a atingir! Quão mais vigorosas seriam suas faculdades, com que maior confiança poderiam empreender os casos difíceis! O homem que se acha intimamente ligado ao grande Médico da alma e do corpo, tem os recursos do Céu e da Terra à Sua disposição, e pode operar com uma sabedoria e infalibilidade de precisão que não podem possuir os homens destituídos de piedade. CSa 330 1 Aqueles aos quais é confiado o cuidado dos doentes, quer como médicos ou como enfermeiros, devem lembrar-se de que o seu trabalho deve resistir ao escrutínio do perscrutador olhar de Jeová. Não há campo missionário algum mais importante do que o ocupado pelo médico fiel e temente a Deus. Campo algum existe em que um homem possa realizar maior bem ou conquistar mais gemas para brilharem em sua coroa de glória. Pode ele levar a graça de Cristo, como um suave perfume, a todos os quartos dos doentes nos quais entra; pode levar o verdadeiro bálsamo restaurador à alma enferma pelo pecado. Pode apontar ao doente, ao prestes a perecer, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Não atenderá à sugestão de que é perigoso falar de interesses eternos àqueles cuja vida está em perigo, temendo que isto os torne pior, pois em nove de cada dez casos o conhecimento de um Salvador que perdoa os pecados os tornará melhores tanto da mente como do corpo. Jesus pode restringir o poder de Satanás. Ele é o médico em quem a alma enferma pelo pecado pode confiar, de quem pode esperar a cura dos males do corpo bem como os da alma.* A obra do médico em favor das almas CSa 331 1 Todo o que exerce a medicina pode, pela fé em Cristo, ter em sua posse uma cura do mais alto valor, um remédio para a alma enferma de pecado. O médico convertido e santificado pela verdade, é registrado no Céu como um cooperador de Deus, um seguidor de Jesus Cristo. Mediante a santificação da verdade, o Senhor dá aos médicos e enfermeiras sabedoria e habilidade no tratar os enfermos, e essa obra vai abrindo a porta firmemente cerrada de muitos corações. Homens e mulheres são levados a compreender a verdade necessária para salvar a alma bem como o corpo. CSa 331 2 Esse é um elemento que dá nome à obra para este tempo. A obra médico-missionária é como o braço direito da terceira mensagem angélica, que deve ser proclamada ao mundo caído; e os médicos, os dirigentes, e os obreiros em qualquer ramo, desempenhando-se fielmente de sua parte, estão fazendo a obra da mensagem. Assim o som da verdade irá a toda a nação e tribo e língua e povo. Nesse trabalho, os anjos fazem uma parte. Despertam gozo e melodia espirituais no coração dos que foram libertados do sofrimento, e ascendem a Deus ações de graças dos lábios de muitos que receberam a preciosa verdade. CSa 331 3 Todo médico em nossas fileiras deve ser cristão. Unicamente os que são genuínos cristãos bíblicos se podem desempenhar devidamente dos altos deveres de sua profissão. CSa 331 4 O médico que compreende a responsabilidade de sua posição sentirá a necessidade da presença de Cristo com ele em sua obra em benefício daqueles por quem foi feito tal sacrifício. Subordinará tudo aos mais elevados interesses que dizem* respeito à vida que pode ser salva para a eternidade. Fará tudo ao seu alcance para salvar tanto o corpo como a alma. Procurará fazer justamente a obra que Cristo faria se estivesse em seu lugar. O médico que ama a Cristo e às almas por quem Cristo morreu, buscará fervorosamente levar para o quarto do doente uma folha da árvore da vida. Ele procurará partir o pão da vida com o sofredor. Não obstante aos obstáculos e dificuldades a serem enfrentados, essa é a obra sagrada, solene da profissão médica. Devem-se seguir os métodos de Cristo CSa 332 1 A verdadeira obra missionária é aquela em que a obra do Salvador é mais bem representada, mais exatamente copiados os Seus métodos, Sua glória melhor promovida. A obra missionária que falta em atingir a esta norma, é registrada no Céu como deficiente. É pesada na balança do santuário e achada em falta. CSa 332 2 Os médicos devem procurar encaminhar o espírito dos doentes para Cristo, o Médico da alma e do corpo. Aquilo que os doutores apenas podem tentar fazer, Cristo realiza. O agente humano esforça-se para prolongar a vida. Cristo é a própria vida. Aquele que passou pela morte a fim de destruir o que tem o império da morte, é a Fonte de toda vitalidade. Há bálsamo em Gileade, há aí Médico. Cristo suportou morte angustiosa sob as mais humilhantes circunstâncias, para que pudéssemos viver. Depôs sua vida preciosa a fim de vencer a morte. Mas surgiu da tumba, e as dezenas de milhares de anjos que vieram assistir ao retomar Ele a vida que depusera, ouviram-Lhe as palavras de triunfante alegria quando Ele Se ergueu do fendido sepulcro de José, proclamando: "Eu sou a ressurreição e a vida." CSa 332 3 A pergunta: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" foi respondida. Ao sofrer a pena do pecado, baixando à sepultura, Cristo iluminou-a para todos quantos morrem na fé. Deus em forma humana, trouxe à luz vida e incorrupção pelo evangelho. Morrendo, assegurou Cristo a vida eterna a todos quantos nEle crêem. Morrendo, condenou o originador do pecado e da deslealdade a sofrer a pena do pecado -- morte eterna. CSa 333 1 Possuidor e doador da vida eterna, Cristo era o único Ser que podia vencer a morte. Ele é nosso Redentor; e bem-aventurado é todo médico que, no verdadeiro sentido da palavra, é um missionário, um salvador de almas por quem Cristo deu a vida. Tal médico aprende dia a dia do Grande Médico a velar e trabalhar pela salvação de alma e corpo de homens e mulheres. O Salvador acha-Se presente na câmara do enfermo, na sala de operação; e Seu poder opera grandes coisas para glória do Seu nome. O médico pode apontar a Jesus CSa 333 2 O médico pode efetuar um nobre trabalho, uma vez que esteja ligado ao Grande Médico. Ele pode achar ensejo de dirigir palavras de vida aos familiares do doente, cujo coração está cheio de simpatia pelo sofredor; e pode acalmar e erguer o espírito do paciente, levando-o a olhar Àquele que pode salvar perfeitamente todos quantos com Ele vão ter em busca de salvação. CSa 333 3 Quando o Espírito de Deus opera na mente do enfermo, levando-o a indagar a verdade, trabalhe o médico pela preciosa alma como Cristo o faria. Não insistais com ele sobre qualquer doutrina especial, mas encaminhai-o a Jesus como o Salvador que perdoa o pecado. Os anjos de Deus impressionarão a mente. Alguns se recusarão a ser iluminados pela luz que Deus deseja fazer brilhar nas recâmaras da mente e no templo da alma; muitos, porém, corresponderão a essa luz, e desses espíritos serão banidos o engano e o erro em suas diferentes formas. CSa 334 1 Toda oportunidade de trabalhar como Cristo o fez, deve ser cuidadosamente aproveitada. O médico deve falar acerca das obras de cura realizadas por Cristo, de Sua benignidade e amor. Ele deve crer que Jesus é seu companheiro, que lhe está mesmo ao lado. "Somos cooperadores de Deus." 1 Coríntios 3:9. Nunca deve o médico negligenciar o encaminhar o espírito dos doentes para Cristo, o Médico dos médicos. Uma vez que ele tenha o Salvador no coração, seus pensamentos serão sempre dirigidos ao Restaurador do corpo e da alma. Conduzirá a mente dos aflitos Àquele que pode restaurar, que, quando na Terra, restituía o enfermo à saúde, e curava a alma da mesma maneira que o corpo, dizendo: "Filho, perdoados estão os teus pecados." Marcos 2:5. CSa 334 2 Jamais a familiaridade com o sofrimento deve fazer com que o médico se torne descuidoso ou destituído de compaixão. Em casos de doenças perigosas, o enfermo sente achar-se à mercê do médico. Olha-o com sua esperança terrestre, e o médico deve sempre encaminhar a alma tremente Àquele que lhe é superior, ao Filho de Deus, que deu a vida a fim de salvá-lo da morte, que Se compadece do sofredor e que, por Seu divino poder, dará habilidade e sabedoria a todos quantos Lhas peçam. CSa 334 3 Quando o paciente ignora qual o desenlace de seu caso, é a ocasião de o médico impressionar-lhe a mente. Não o deve fazer movido do desejo de distinguir-se, mas a fim de dirigir a alma para Cristo como um Salvador pessoal. Caso a existência seja poupada, há uma alma por quem cumpre ao médico velar. O paciente acha que o médico é a própria vida de sua vida. E para que fim deve essa grande confiança ser empregada? Sempre para ganhar uma alma para Cristo, e engrandecer o poder de Deus. Deve-se dar louvor a Deus CSa 335 1 Quando a crise houver passado e manifestar-se o êxito, seja o doente um crente ou não, consagrem-se alguns momentos a orar com ele. Exprimi vosso reconhecimento pela vida que foi poupada. O médico que segue essa orientação, leva seu paciente Àquele de quem ele depende quanto à vida. Palavras de gratidão podem brotar da parte do doente para com o médico, pois por Deus, ele ligou essa vida com a sua; mas sejam os louvores e as ações de graças dados a Deus como Aquele que, embora invisível, Se acha presente. CSa 335 2 No leito de enfermidade Cristo é com freqüência aceito e confessado; e isto será mais frequentemente feito no futuro de que tem sido feito no passado, pois o Senhor fará uma obra apressada em nosso mundo. Nos lábios do médico devem achar-se palavras de sabedoria, e Cristo regará a semente semeada, fazendo com que dê fruto para a vida eterna. Uma palavra a seu tempo CSa 335 3 Perdemos as mais preciosas oportunidades por negligenciar dizer uma boa palavra a seu tempo. Demasiadas vezes um talento precioso que devia produzir mil vezes mais, é deixado inútil. Caso não estejamos alerta para o áureo privilégio, ele passará. Deixou-se que qualquer coisa impedisse que o médico fizesse a obra que lhe era designada como ministro da justiça. CSa 335 4 Não há muitos médicos piedosos para ministrarem em sua profissão. Há muito trabalho a ser feito, e os ministros e os médicos devem trabalhar em perfeita união. Lucas, o autor do Evangelho que traz seu nome, é chamado "o médico amado," e os que fazem obra semelhante à sua estão vivendo o evangelho. CSa 336 1 Inúmeras são as oportunidades do médico para advertir o impenitente, animar o desconsolado e sem esperança, e prescrever para saúde da mente e do corpo. Ao instruir assim o povo nos princípios da verdadeira temperança, e como guardião de almas aconselhar aos que se acham física e mentalmente enfermos, o médico está desempenhando sua parte na grande obra de preparar um povo para o Senhor. Eis o que a obra médico-missionária tem de realizar em sua relação para com a terceira mensagem angélica. CSa 336 2 Os ministros e os médicos devem trabalhar harmonicamente e com zelo para salvar almas que estão sendo emaranhadas nas redes de Satanás. Cumpre-lhes dirigir homens e mulheres a Jesus, sua justiça, sua força, e a saúde de sua face. Cumpre-lhes velar continuamente pelas almas. Alguns há que estão lutando com fortes tentações, em perigo de serem vencidos na luta com os agentes satânicos. Passá-los-eis por alto, sem lhes dar assistência? Caso vejais uma alma em necessidade de auxílio, entrai em conversa com ela, mesmo que a não conheçais. Orai com ela. Encaminhai-a a Jesus. CSa 336 3 Esta obra pertence tão certamente ao médico como ao ministro. Mediante esforço público e particular, o médico deve procurar atrair almas a Cristo. CSa 336 4 Em todos os nossos empreendimentos e em todas as nossas instituições, Deus deve ser reconhecido como o Obreiro-Mestre. Os médicos devem conduzir-se como representantes Seus. A fraternidade médica tem feito muitas reformas, e cumpre-lhes avançar ainda. Aqueles que têm nas mãos a vida de criaturas humanas, devem ser educados, dignos, santificados. Então o Senhor operará por meio deles com poderosa força para glorificar Seu nome.* A esfera de influência dos médicos CSa 337 1 Foi-me dada preciosa luz com respeito aos obreiros de nosso sanatório. Esses obreiros devem permanecer em dignidade moral diante de Deus. Os médicos cometem um erro ao confinar-se exclusivamente à rotina do trabalho de sanatórios, porque consideram sua presença indispensável ao bem-estar da instituição. Cada médico deve ver a necessidade de exercer toda a influência que o Senhor lhe concedeu numa esfera a mais ampla possível; requer-se que ele deixe resplandecer a sua luz diante dos homens, para que eles possam ver as suas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos Céus. CSa 337 2 Os médicos chefes de nossos sanatórios não devem eximir-se de falar da verdade aos outros. Sua luz não deve ser escondida embaixo do alqueire, mas deve ser colocada onde possa beneficiar a crentes e descrentes. Disse o Salvador dos Seus representantes: "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá a luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:13-16. Esta é uma obra surpreendentemente negligenciada, e em virtude dessa negligência, almas se perdem. Despertai, meus irmãos, despertai! Sua luz deve brilhar por toda parte CSa 337 3 Nossos médicos que lideram não glorificam a Deus ao limitarem seus talentos e influência a uma instituição. É privilégio* seu mostrarem ao mundo que os reformadores pró-saúde exercem uma positiva influência em favor da justiça e da verdade. Devem eles tornar-se conhecidos fora das instituições nas quais trabalham. É seu dever comunicar a luz a todos quantos porventura possam alcançar. Conquanto possa o sanatório ser o seu campo principal de trabalho, existem ainda outros lugares de importância que necessitam de sua influência. Aos médicos é dada a instrução: Resplandeça a vossa luz diante dos homens. Cada talento deve ser empregado para se alcançarem os descrentes por meio de conselhos e instruções sábios. Se os nossos médicos cristãos levarem em consideração que não se deve rebocar com argamassa mole demais, e aprenderem a manejar sabiamente os assuntos da verdade bíblica, procurando apresentar a sua importância em todas as ocasiões possíveis, muito preconceito será derribado e almas serão alcançadas. ... CSa 338 1 Não devemos ser uma igreja obscura, mas devemos deixar que a luz resplandeça, para que o mundo possa recebê-la. "E folgarei em Jerusalém, e exultarei no Meu povo", declara Deus por meio do Seu servo Isaías. Isaías 65:19. Essas palavras se mostrarão verdadeiras quando os que estão capacitados a permanecer em posições de responsabilidades permitirem que a luz resplandeça. Nossos médicos que se acham em posição de liderança tem um trabalho a fazer fora da órbita de nosso próprio povo. Sua influência não deve ser limitada. Os métodos de trabalhar de Cristo devem tornar-se seus métodos, e eles devem aprender a pôr em prática os ensinamentos de Sua Palavra. Todos os que se acham à frente de uma instituição estão sob sagrada obrigação para com Deus de fazer resplandecer a luz da verdade presente em raios que brilhem com intensidade cada vez maior, em todos os lugares em que se oferecer oportunidade. CSa 338 2 Os obreiros de nossos sanatórios não devem pensar que a prosperidade da instituição depende da influência do médico-chefe sozinho. Deve haver em cada instituição homens e mulheres que exerçam uma influência justa e refinada, e que sejam capazes de assumir responsabilidades. As responsabilidades principais devem ser distribuídas entre os vários obreiros, a fim de que o médico líder não se atenha tão estritamente à sua prática. Deve-se-lhe dar oportunidade de ir onde há necessidade de se pronunciarem palavras de conselho e animação. Como representante do Grande Médico, agora nas cortes celestiais, deve ele falar a novas congregações, para ampliar a sua experiência. Ele precisa estar constantemente recebendo novas idéias, comunicando sempre da sua reserva de conhecimentos e recebendo seguidamente da Fonte de toda a sabedoria. Precisamos manter-nos sempre em uma posição na qual possamos receber crescente luz, ter novas e mais vívidas idéias e obter mais clara visão da íntima relação que deve existir entre Deus e Seu povo. E obtemos esta visão e estas idéias pela associação com aqueles aos quais somos chamados a falar palavras de misericórdia e graça perdoadora. CSa 339 1 Em todo o nosso trabalho devemos ter em vista o valor da aplicação dos talentos. Devem-se empregar vigorosos esforços para alcançar as almas e conquistá-las para a verdade. Requere-se de nós que tornemos conhecidos os princípios da reforma da saúde nos grandes ajuntamentos de nosso povo nas reuniões campais. Necessita-se, nessas ocasiões, uma variedade de dons não só para falar diante dos que não são de nossa fé, mas para ensinar o nosso próprio povo como trabalhar, de maneira e assegurar o melhor êxito. Aprendam os nossos médicos a tomar parte nessa obra -- obra por meio da qual poderão eles comunicar ao mundo os brilhantes raios da luz.* Apto para toda boa obra CSa 340 1 O Senhor ouvirá e responderá à oração do médico cristão, e este poderá atingir uma elevada norma se tão-somente se apegar à mão de Cristo, e determinar que a não soltará. Áureas oportunidades se apresentam ao médico cristão, pois pode ele exercer uma preciosa influência sobre aqueles com quem entra em contato. Pode orientar, moldar e dar feitio à vida de seus pacientes, conservando diante deles os princípios celestiais. CSa 340 2 O médico deve fazer com que os homens vejam que ele não considera o seu trabalho de segunda classe, mas digno, nobre e elevado, como aquele ao qual está ligada a sagrada responsabilidade de tratar tanto com a alma como com o corpo daqueles por quem Cristo pagou o infinito preço de Seu preciosíssimo sangue. Se o médico tiver a mente de Cristo, será alegre, esperançoso e feliz, ainda que não frívolo. Estará certo de que os anjos celestiais o acompanham ao quarto dos enfermos e encontrará palavras para falar pronta e verazmente, aos seus pacientes, a fim de alegrá-los e abençoá-los. Sua fé será repleta de simplicidade e de confiança infantil no Senhor. Ele será capaz de proferir à alma arrependida as graciosas promessas de Deus e colocar assim a mão tremente da alma aflita na mão de Cristo, a fim de que ela possa encontrar repouso em Deus. CSa 340 3 Dessa forma, por meio da graça e ele comunicada, cumprirá o médico os reclamos do Pai celestial que estão sobre ele. Nas delicadas e arriscadas operações, pode ele estar certo de que Jesus está ao seu lado para aconselhá-lo, fortalecê-lo e animá-lo, para que aja com precisão e habilidade em seus esforços para salvar a vida humana. Se a presença de Deus não* estiver no quarto do enfermo, Satanás ali estará para sugerir experiências perigosas, e procurará desequilibrar os nervos, de maneira que a vida seja destruída em lugar de salva. Mais importante do que a do ministro do evangelho é a posição que o médico ocupa, por causa das relações que mantém com as almas doentias, com as mentes enfermas e com os corpos aflitos. Pode ele apresentar uma elevada norma de caráter cristão, se instar a tempo e fora de tempo. É ele assim um missionário do Senhor, que faz a Obra do Mestre com fidelidade, e receberá finalmente uma recompensa. CSa 341 1 Sejam os cristãos cautelosos, e não transmitam segredo algum aos descrentes. Não devem confiar-lhes nenhum segredo que desacredite o povo de Deus. Guardai os vossos pensamentos; fechai a porta à tentação. Fazei o vosso trabalho como estando em presença do Vigia divino. Trabalhai pacientemente, esperando que, pela graça de Cristo, alcanceis sucesso em vossa profissão. Conservai de pé as barreiras que o Senhor erigiu para vossa segurança. Guardai o vosso coração com toda a diligência, pois dele procedem as saídas da vida ou da morte. CSa 341 2 O médico deve dedicar-se estritamente à sua obra profissional. Não deve ele permitir que coisa alguma lhe venha desviar a mente de sua ocupação, ou tirar sua atenção daqueles que dele esperam o alívio do seu sofrimento. Uma palavra de certeza e esperança dita a tempo ao sofredor, muitas vezes lhe alivia a mente, e conquista para o médico um lugar em sua confiança. Devem-se manifestar a bondade e a cortesia; o dito comum e vulgar, porém, tão costumeiro mesmo entre alguns que se dizem cristãos, não deve ser ouvido em nossas instituições. A única maneira de nos tornarmos verdadeiramente corteses, sem afetação, sem excesso de familiaridade, é bebermos do espírito de Cristo, para atendermos a admoestação: "Sede santos, porque Eu sou Santo." 1 Pedro 1:16. Se agirmos de conformidade com os princípios exarados na Palavra de Deus, não teremos nenhuma inclinação para condescender com excesso de familiaridade. CSa 342 1 Os obreiros de nossas instituições devem ser exemplos vivos daquilo que desejam sejam seus pacientes na instituição. Um espírito reto e uma vida santa são um exemplo constante aos outros. A falsa cortesia do mundo social não tem nenhum valor à vista dAquele por quem as ações são pesadas. Não deve existir nenhuma parcialidade nem hipocrisia alguma. O médico deve ser apto para toda boa obra. Se sua vida estiver escondida com Cristo em Deus, será ele um missionário no mais alto sentido. CSa 342 2 Quando juntos, os médicos cristãos conduzir-se-ão como filhos de Deus. Compreenderão que estão comprometidos a trabalhar na mesma vinha, e as barreiras egoístas serão derribadas. Devem sentir um profundo interesse uns pelos outros, destituídos de egoísmo. Aquele que é, ele próprio, um reformador, pode realizar o bem ao querer reformar os outros. Por preceito e exemplo pode ele ser um cheiro de vida para a vida. Pudesse a cortina ser afastada, e veríamos quão interessadamente estão os anjos de Deus velando sobre as instituições para tratamento dos enfermos. A obra na qual o médico está empenhado -- está posto entre os vivos e os mortos -- é de especial importância. CSa 342 3 Deus confiou um grande trabalho à mão do médico. Os aflitos filhos dos homens acham-se, de certo modo, entregues à sua misericórdia. Como o paciente o observa, a ele que cuida de sua saúde física! Os atos e palavras, e as muitas expressões do rosto do médico, são objeto de estudo. Que gratidão não brota do coração do sofredor quando a sua dor é aliviada por meio dos esforços de seu médico fiel! O paciente percebe que sua vida está nas mãos daquele que assim o atende, e o médico ou a enfermeira podem facilmente aproximar-se dele com assuntos religiosos. Se o sofredor estiver sob o controle de influências divinas, quão gentilmente pode o médico ou o enfermeiro cristãos deixar cair as preciosas sementes da verdade no jardim do coração! Pode ele trazer perante a alma do desajudado sofredor a promessa de Deus. Se o médico tiver religião, pode comunicar a fragrância da graça celestial ao coração enternecido e submisso do sofredor. Pode dirigir os pensamentos de seu paciente para o Grande Médico. Pode apresentar Jesus à alma enferma pelo pecado. CSa 343 1 Quantas vezes não é o médico feito confidente, e mágoas e provações são expostas perante ele pelo doente! Em tais ocasiões, que preciosas oportunidades se oferecem para falar palavras de conforto e lenitivo no temor e no amor de Deus, e para transmitir conselhos cristãos! Profundo amor às almas por quem Cristo morreu deve imbuir o médico. No temor de Deus eu vos digo que ninguém, a não ser o médico cristão, pode desincumbir-se perfeitamente dos deveres dessa sagrada profissão. Testemunhando em favor da verdade CSa 343 2 Nossos sanatórios devem ser estabelecidos para um propósito -- a proclamação da verdade para este tempo. E devem ser dirigidos, a fim de que uma positiva impressão seja causada na mente daqueles que a eles acorrem em busca de tratamento. A conduta de cada obreiro deve falar em favor do direito. Temos uma mensagem de advertência para dar ao mundo, e nosso zelo, nosso devotamento ao serviço de Deus, devem dar testemunho em favor da verdade. -- Testimonies for the Church 8:200 (1904). A cura mental CSa 344 1 Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. CSa 344 2 A doença é muitas vezes produzida, e com freqüência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos, poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária. CSa 344 3 O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. "O coração alegre serve de bom remédio." Provérbios 17:22. CSa 344 4 No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a moléstia. O domínio de uma mente sobre outra CSa 344 5 Uma forma de cura mental existe, entretanto, que é um dos mais eficazes meios para o mal. Mediante essa chamada ciência, a mente de uns é submetida ao domínio de uma outra, de modo que a individualidade do mais fraco imerge na outra. Pretende-se assim poder mudar o curso dos pensamentos, comunicar os impulsos promovedores de saúde, e habilitar o doente a resistir e vencer a moléstia. CSa 345 1 Este método de cura tem sido empregado por pessoas que ignoravam sua natureza e tendências reais, e que acreditavam ser ele um modo de beneficiar os doentes. Mas a chamada ciência baseia-se em falsos princípios. É estranha à natureza e princípios de Cristo. Ela não conduz Àquele que é vida e salvação. Aquele que atrai as mentes para si, leva-as a separar-se da verdadeira Fonte de Sua força. CSa 345 2 Não é desígnio de Deus que nenhuma criatura humana submeta a mente e a vontade ao domínio de outra, tornando-se um instrumento passivo em suas mãos. Ninguém deve fundir sua individualidade na de outrem. Não deve considerar nenhum ser humano como fonte de cura. Sua confiança deve estar em Deus. Na dignidade da varonilidade que lhe foi dada pelo Senhor, deve ser por Ele próprio dirigido, e não por nenhuma inteligência humana. CSa 345 3 Deus deseja pôr os homens em direta relação com Ele. Em todo o seu trato com as criaturas, reconhece o princípio da responsabilidade individual. Busca estimular o senso da dependência pessoal, e impressioná-los com a necessidade de direção própria, isto é, individual. Deseja pôr o humano em ligação como o divino, a fim de que os homens sejam transformados à divina semelhança. Satanás trabalha para impedir este desígnio. Procura fomentar a confiança dos homens. Quando a mente é desviada de Deus, o tentador a pode colocar sob seu domínio. Pode governar a humanidade. CSa 345 4 A teoria de uma mente reger outra, teve origem em Satanás, a fim de se introduzir como o obreiro principal, para pôr a filosofia humana onde se devia encontrar a divina. De todos os erros que estão encontrando aceitação entre cristãos professos, não há engano mais perigoso, nenhum mais de molde e separar infalivelmente o homem de Deus, do que esse. Por inocente que pareça, ao ser exercido sobre os pacientes, tende para sua destruição, e não para seu restabelecimento. Abre uma porta através da qual Satanás entrará para tomar posse tanto da mente que se entrega ao domínio de outra, como da que a domina. CSa 346 1 Terrível é o poder assim entregue a homens e mulheres de má imaginação. Que oportunidade proporciona isto aos que vivem de se aproveitar das fraquezas e tolices dos outros! Quantos, por meio do poder exercido sobre mentes fracas ou enfermas, encontrarão meio de satisfazer cobiçosas paixões ou ganâncias de lucro! CSa 346 2 Existe alguma coisa melhor a fazermos do que dominar a humanidade pela humanidade. O médico deve educar o povo a volver o olhar do humano para o divino. Em lugar de ensinar o enfermo a confiar em criaturas humanas quanto à cura da alma e do corpo, deve dirigi-las Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem, sabe o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar. Aqueles que se acham doentes da mente e do corpo têm que ver em Cristo o restaurador. "Porque Eu vivo", diz Ele, "vós vivereis." Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele cooperarem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando por essa maneira lhes apresentarmos a Cristo, estamos transmitindo um poder e uma força de valor, porquanto vêm de cima. Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma.* Compaixão semelhante à de Cristo CSa 347 1 Foi-me mostrado que os médicos de nosso Instituto devem ser homens e mulheres de fé e espiritualidade. Devem eles fazer de Deus a sua confiança. Muitos há que acorrem ao nosso Instituto que têm, por suas próprias condescendências pecaminosas, trazido sobre si mesmos doenças de quase todos os tipos. Essa classe não merece a simpatia que freqüentemente exige. E é doloroso devotarem os médicos tempo e esforço a essa classe de pessoas degradadas física, mental e moralmente. CSa 347 2 Há, porém, uma classe que tem, por ignorância, vivido em violação das leis da Natureza. Têm trabalhado e se alimentado de maneira intemperante, pois era costume assim se fazer. Alguns têm sofrido muitas coisas de muitos médicos, mas não se têm tornado melhores, senão decididamente piores. Por fim são arrancados de suas ocupações, da sociedade e de seus familiares; e como último recurso, vêm ao Instituto da Saúde, com uma vaga esperança de poderem encontrar alívio. Essa classe necessita de simpatia. Deve ser tratada com a maior ternura, e deve-se ter o cuidado de tornar claro ao seu entendimento as leis orgânicas, a fim de que possam, ao deixarem de violá-las, e ao se governarem a si mesmos, evitar o sofrimento, a doença e a penalidade da violada lei da Natureza. ... CSa 347 3 Lembrai-vos de Cristo, que entrou em contato direto com a humanidade sofredora. Embora, em muitos casos, tivesse o sofredor trazido sobre si mesmo a enfermidade por sua conduta pecaminosa ao violar a lei natural, compadecia-Se Jesus de suas fraquezas, e ao virem a Ele com as mais repulsivas* doenças, não Se punha de longe por temor de contágio; tocava-os e ordenava à enfermidade que saísse. Curando os leprosos CSa 348 1 "E entrando numa certa aldeia, saíram-Lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe. E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. E Ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos. E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; e caiu aos Seus pés, com o rosto em terra, dando-Lhe graças; e este era samaritano. E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro? e disse-lhe: Levanta-te, vai; a tua fé te salvou." Lucas 17:12-19. CSa 348 2 Aqui está uma lição para todos nós. Os leprosos estavam tão corrompidos pela doença que foram segregados da sociedade para não contaminarem os outros. Seus limites haviam sido prescritos pelas autoridades. Jesus aproximou-Se dos limites de sua visão, e em seu grande sofrimento, clamaram Àquele que, somente, tinha poder para aliviá-los. Jesus lhes manda se apresentarem aos sacerdotes. Eles têm fé para começar a caminhada, crentes no poder de Cristo para curá-los. Quando vão andando pelo caminho, notam que a terrível doença os deixou. Apenas um, entretanto, tem sentimentos de gratidão; um apenas reconhece a sua penhorada dívida a Cristo por essa grande obra feita em seu favor. Este volta louvando a Deus, e, na maior das humilhações, prostra-se aos pés de Cristo, reconhecendo agradecido a obra realizada em seu favor. E aquele homem era estrangeiro; os outros nove eram judeus. CSa 349 1 Em atenção a este único homem, que haveria de fazer uso correto da bênção da saúde, Jesus curou a todos os dez. Os outros prosseguiram sem reconhecer a obra feita, e sem manifestar nenhum grato reconhecimento a Jesus por haver feito a obra. CSa 349 2 Assim os médicos do Instituto da Saúde terão os seus esforços reconhecidos. Mas, se em seu esforço para auxiliar a humanidade sofredora, um em vinte faz uso correto dos benefícios recebidos e aprecia seu empenho em favor dele, devem os médicos sentir-se recompensados e satisfeitos. Se uma em cada dez vidas é salva, e uma alma em uma centena é salva no reino de Deus, todos os que estão relacionados com o Instituto devem sentir-se grandemente recompensados por todos os seus esforços. Seu cuidado e ansiedade não será de todo em vão. Se o Rei da glória, a Majestade do Céu, trabalhou pela humanidade sofredora, e tão poucos Lhe apreciaram a divina ajuda, devem os médicos e auxiliares do Instituto envergonhar-se de se queixarem se seus fracos esforços não forem apreciados por todos e parecerem baldados para alguns. ... CSa 349 3 Tratar com homens e mulheres cuja mente, bem como corpo, se acham enfermos, é uma preciosa tarefa. É necessário grande sabedoria por parte dos médicos do Instituto a fim de curarem o corpo através da mente. Poucos, porém, compreendem o poder que exerce a mente sobre o corpo. Grande parte das doenças que afligem a humanidade têm a sua origem na mente, e podem ser curadas apenas pela restauração da mente à saúde. Há um número muito mais elevado do que imaginamos que está sofrendo das faculdades mentais. O coração enfermo torna muitos dispépticos, pois a angústia mental exerce uma paralisadora influência sobre os órgãos digestivos. CSa 349 4 A fim de alcançar esta classe de pacientes, deve o médico ter discernimento, paciência, bondade e amor. O coração abatido, doente, a desalentada mente, necessitam de meigo cuidado, e é por meio de terna simpatia que esta espécie de mentes pode ser curada. Devem os médicos conquistar-lhes primeiro a confiança, e em seguida levá-los ao Médico todo-poderoso para curar. Se sua mente puder ser dirigida para o Portador de Fardos e tiverem fé que Ele demonstrará interesse por eles, certa será a cura de seu corpo e mente enfermos. Paciência e simpatia CSa 350 1 Sempre haverá coisas que surgirão para aborrecer, perturbar e provar a paciência dos médicos e auxiliares. Devem eles estar preparados para isto, não se tornando excitados nem desequilibrados. Devem ser calmos e bondosos, não importa o que possa acontecer. ... Cumpre-lhes levar sempre em consideração que estão lidando com homens e mulheres de mente enferma, os quais vêem muitas vezes as coisas de um ponto de vista desvirtuado, e mesmo assim estão certos de que compreendem perfeitamente o assunto. CSa 350 2 Devem os médicos entender que a resposta branda desvia o furor. É necessário usar de prudência em uma instituição onde os doentes são tratados, a fim de dirigir com sucesso as mentes enfermas e beneficiar o doente. Se os médicos puderem permanecer calmos em meio de uma tempestade de palavras irrefletidas e apaixonadas; se puderem governar o seu próprio sentimento quando provocados e vituperados, serão eles realmente vencedores. "Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade." Provérbios 16:32. Dominar-se a si mesmo e trazer as paixões sob o controle da vontade é a maior vitória que os homens e as mulheres podem alcançar. -- Testimonies for the Church 3:182, 183 (1872).* Mensageiro de misericórdia CSa 351 1 O médico cristão deve ser para o enfermo um mensageiro de misericórdia, levando-lhe o remédio para a alma enferma pelo pecado, bem como para o corpo doentio. Ao usar ele os remédios simples que Deus proveu para alívio do sofrimento físico, deve falar do poder de Cristo para sanar os males da alma. CSa 351 2 Quão necessário é que o médico viva em íntima comunhão com o Salvador! Os enfermos e sofredores com quem lida, necessitam do auxílio que unicamente Cristo pode dar. Carecem eles de orações dirigidas pelo Seu Espírito. Esses aflitos se entregam à sabedoria e misericórdia do médico, cuja perícia e fidelidade podem ser sua única esperança. Seja, pois, o médico um fiel despenseiro da graça de Deus, um guardião da alma, bem como do corpo. CSa 351 3 O médico que recebeu sabedoria do alto, que sabe ser Cristo o seu Salvador pessoal, pois ele próprio foi levado ao Refúgio, sabe como lidar com as almas trementes, culpadas e enfermas pelo pecado, que se voltam para ele em busca de auxílio. Pode responder com segurança à pergunta: "Que devo eu fazer para me salvar?" E pode contar a história do amor do Redentor. Pode ele falar da experiência do poder do arrependimento e da fé. Ao estar ao lado do sofredor, esforçando-se para falar palavras que trarão auxílio e conforto, o Senhor trabalha com ele e por seu intermédio. Quando a mente do enfermo se volta para o Poderoso Doador da saúde, a paz de Cristo inunda-lhe o coração, e a saúde espiritual que lhe advém é usada como a mão auxiliadora de Deus na restauração da saúde e do corpo. CSa 351 4 Preciosas são as oportunidades que tem o médico de despertar no coração daqueles com quem entra em contato um* senso de sua grande necessidade de Cristo. Deve ele tirar da casa do tesouro do coração coisas novas e velhas, falando as palavras de conforto e instrução ansiosamente desejadas. Deve semear constantemente as sementes da verdade, sem apresentar assuntos doutrinários, mas falando do amor do Salvador que perdoa o pecado. Não deve apenas dar instruções da Palavra de Deus, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento; importa que regue com lágrimas estas instruções e as torne vigorosas pela oração, para que as almas possam ser salvas da morte. CSa 352 1 Em sua zelosa e febril ansiedade para afastar do corpo o perigo, estão os médicos em risco de esquecimento do perigo da alma. Médicos, mantende-vos em guarda, pois no trono do juízo de Cristo deveis encontrar aqueles ao lado de cujo leito de morte estais agora. CSa 352 2 A solenidade da obra do médico, seu constante contato com os doentes e os moribundos, exige que, na medida do possível, seja ele retirado dos deveres seculares que outros podem desempenhar. Carga alguma desnecessária deve ser sobre ele colocada, a fim de que possa dispor de tempo para inteirar-se das necessidades espirituais de seus pacientes. Sua mente deve estar sempre sob a influência do Espírito Santo, a fim de que possa estar apto a falar a tempo as palavras que infundirão fé e esperança. CSa 352 3 Palavra alguma a respeito de credo ou controvérsia deve ser proferida ao leito do moribundo. Deve-se dirigir o sofredor para Aquele que está desejoso de salvar a todos os que a Ele vêm com fé. Esforçai-vos zelosa e ternamente para auxiliar a alma que se acha a hesitar entre a vida e a morte. Dirigi a mente para Jesus CSa 352 4 Jamais deve o médico levar seus pacientes a fixarem a atenção nele. Deve ele ensinar-lhes a agarrar com a mão da fé a estendida mão do Salvador. Então a mente será iluminada com a radiante luz do Sol da Justiça. O que os médicos procuram fazer, Cristo o fez em realidade e em verdade. Eles tentam salvar a vida; Ele é a própria vida. CSa 353 1 O empenho do médico no sentido de levar a mente de seus pacientes à ação salutar deve estar livre de todo encantamento humano. Não deve deixar-se atrair pelo que é humano, mas projetar para o alto, para o espiritual, apoderar-se das coisas da eternidade. CSa 353 2 Não deve o médico tornar-se objeto de crítica maldosa. Isto traz sobre ele um fardo desnecessário. Grandes são as suas preocupações, e ele necessita de simpatia dos que lhes estão ligados na obra. Deve ele ser sustentado pela oração. A consciência de que é apreciado lhe dará esperança e coragem. O pecado e a doença CSa 353 3 O médico cristão inteligente tem uma intuição constantemente aumentada da relação que existe entre o pecado e a doença. Esforça-se para ver sempre mais claramente a relação entre a causa e o efeito. Nota que aos que estão cursando enfermagem se deve dar instrução completa no que tange aos princípios da reforma da saúde; que estes devem ser ensinados a se tornarem estritamente temperantes em todas as coisas, pois o descuido com referência às leis da saúde é imperdoável nos que são separados para ensinar aos outros como viver. CSa 353 4 Quando nota que um paciente está sofrendo de um distúrbio causado por alimentação ou bebida impróprias, e mesmo assim negligencia falar-lhe disso, e mostrar-lhe a necessidade da reforma, está fazendo mal a um semelhante. Ébrios, maníacos, os que se dão à licenciosidade -- tudo apela clara e distintamente para que o médico declare que o sofrimento é resultado do pecado. Recebemos grande luz sobre a reforma da saúde. Por que, então, não somos mais decididos em zelo e esforço para contra-atacar as causas que produzem doenças? Vendo o contínuo conflito com a dor, trabalhando constantemente para aliviar o sofrimento, como podem os nossos médicos obter a sua paz? Podem eles deixar de levantar a voz em advertência? São benévolos e misericordiosos, quando não ensinam a estrita temperança como remédio para a doença? CSa 354 1 Médicos, considerai o conselho do apóstolo Paulo aos Romanos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. É não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. Os médicos devem conservar a sua força CSa 354 2 Não devem os médicos ser sobrecarregados, nem debilitado o seu sistema nervoso; pois este estado físico não será propício a mente calma, nervos bem equilibrados e um espírito alegre e feliz. ... CSa 354 3 O privilégio de ausentar-se ocasionalmente do Instituto de Saúde deve ser concedido a todos os médicos, principalmente aos que têm encargos e responsabilidades. Se houver tamanha escassez de auxiliares que isto não possa ser feito, devem-se providenciar mais auxiliares. Ter médicos sobrecarregados e, dessa forma, desqualificados para desempenharem os deveres de sua profissão, é coisa que se deve temer. Deve-se evitar isso, se possível, pois sua influência é contra os interesses do Instituto. Os médicos devem ser mantidos em bom estado. Não devem adoecer por excesso de trabalho ou por qualquer imprudência de sua parte. -- Testimonies for the Church 3:182 (1872). Uma obra que resistirá CSa 355 0 Santa Helena, Califórnia, 25 de Junho de 1903 CSa 355 1 Aos Médicos do Nosso Sanatório: Prezados irmãos: Aqueles que se acham em posição de responsabilidade na Obra de Deus são representados como atalaias sobre os muros de Sião. Deus lhes pede que façam soar um alarma no meio do povo. Fazei com que ele seja ouvido com toda a clareza. O dia da calamidade, da assolação e da destruição está impendente sobre todos os que fizeram injustiça. Com especial rigor a mão do Senhor descerá sobre os atalaias que deixaram de expor perante o povo em linhas claras a sua obrigação para com Aquele que é seu proprietário pela criação e pela redenção. CSa 355 2 Meus irmãos, o Senhor vos pede que examineis rigorosamente o coração. Pede Ele que aformoseeis a verdade em vosso viver diário, e em todo o vosso trato uns com os outros. Requer de vós uma fé que opere por amor e purifique a alma. E perigoso brincardes com os sagrados reclamos da consciência; perigoso dardes um exemplo que leve os outros numa direção errada. CSa 355 3 Devem os cristãos levar consigo, por onde quer que forem, a doce fragrância da justiça de Cristo, mostrando que estão concordando com o convite: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. Estais vós aprendendo diariamente na escola de Cristo -- aprendendo a pôr de lado as dúvidas e suspeitas malignas; aprendendo a ser agradáveis e nobres em vosso trato com vossos irmãos, por amor de vós mesmos e de Cristo? A verdade presente leva para o alto CSa 355 4 A verdade presente conduz para a frente e para o alto, agrupando os necessitados, os oprimidos, os sofredores, e os* destituídos. Todos os que vierem devem ser levados ao aprisco. Em sua vida deve ocorrer uma reforma que os tornará membros da família real, filhos do celeste Rei. Ao ouvirem a mensagem da verdade, homens e mulheres são levados a aceitar o sábado e unir-se à igreja pelo batismo. Devem eles levar o sinal de Deus por observarem o sábado da criação. Devem saber por experiência própria que a obediência aos mandamentos de Deus significa vida eterna. CSa 356 1 Meios e denodado esforço podem ser seguramente empregados numa obra como essa, pois é uma obra que subsistirá. Dessa forma, os que estavam mortos em ofensas e pecados são trazidos ao companheirismo dos santos e feitos assentar nos lugares celestiais com Cristo. Seus pés são postos em um firme fundamento. Tornam-se capazes de atingir uma elevada norma, até chegar às mais excelsas alturas da fé, pois os cristãos tornaram direitos os caminhos para seus pés, para que o que manqueja não se desvie do caminho. Todos devem fazer uma parte CSa 356 2 Cada igreja deve trabalhar em favor dos que perecem dentro das suas próprias fronteiras, e pelos que estão fora delas. Devem os membros reluzir como pedras vivas no templo de Deus, refletindo a luz celestial. Trabalho algum deve ser feito a esmo, descuidadamente e sem método. Manter segura as almas prestes a perecer, significa mais que orar em favor de um ébrio e, depois, porque ele chora e confessa a degradação de sua alma, declará-lo salvo. Repetidas vezes, deve-se recomeçar a batalha. CSa 356 3 Que os membros de cada igreja sintam seu especial dever de trabalhar pelos seus vizinhos. Que cada um que alega estar sob a bandeira de Cristo sinta ter assumido compromisso com Deus, para fazer a obra do Salvador. Que os que se encarregam desse trabalho não se cansem de fazer o bem. Quando os redimidos estiverem perante Deus, responderão ao chamado preciosas almas que ali estão por causa dos fervorosos e perseverantes esforços feitos em seu benefício, e das súplicas e intensa persuasão para que fujam para a Fortaleza. Dessa forma, os que neste mundo têm estado a cooperar com Deus, receberão a sua recompensa. CSa 357 1 Os ministros das igrejas populares não permitirão que a verdade seja apresentada de seus púlpitos ao povo. O inimigo os leva a resistir a verdade com rancor e malícia. Fabricam-se falsidades. Repete-se a experiência de Cristo com os chefes judeus. Satanás procura eclipsar todo raio de luz que vem de Deus para o Seu povo. Ele opera por meio dos ministros como o fez por intermédio dos sacerdotes e dirigentes nos dias de Cristo. Devem os que conhecem a verdade unir a seu partido, para obstar, embaraçar e desviar os que estão procurando trabalhar na direção apontada por Deus para levar avante a Sua obra e hastearem o estandarte da verdade nas regiões das trevas? A mensagem para este tempo CSa 357 2 A mensagem do terceiro anjo, que abrange as mensagens do primeiro e do segundo anjo, é a mensagem para esse tempo. Devemos erguer a bandeira na qual se acha escrito: "Os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." O mundo deverá logo defrontar-se com o grande Doador da Lei a respeito de Sua lei quebrada. Não é este o tempo para se perderem de vista as grandes questões que estão diante de nós. Deus pede que Seu povo engrandeça a lei e a torne gloriosa. CSa 357 3 Quando as estrelas da manhã juntas, alegremente, cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam, foi o sábado dado ao mundo, para que o homem pudesse lembrar-se sempre de que em seis dias Deus criou o mundo. Ele repousou no sétimo dia, abençoou-o como o dia do Seu repouso e o deu aos seres que criou, para que eles pudessem lembrar-se dEle como o Deus vivo e verdadeiro. CSa 358 1 A despeito da oposição de Faraó, por Seu grande poder libertou Deus o Seu povo do Egito, a fim de que pudesse guardar a lei que havia sido dada no Éden. Ele os trouxe ao Sinai para que ouvissem a proclamação dessa lei. CSa 358 2 Ao anunciar os Dez Mandamentos aos filhos de Israel com a Sua própria voz, demonstrou Deus a sua importância. Em terrível esplendor tornou Ele conhecida a Sua majestade e autoridade como Governador do mundo. Isso fez Ele para impressionar as pessoas com a santidade de Sua lei e a importância de obedecer-lhe. O poder e a glória com os quais foi a lei dada, revelam sua importância. Esta é a fé uma vez entregue aos santos por Cristo nosso Redentor, de viva voz do Sinai. O sinal de nossa relação com Deus CSa 358 3 Por meio da observância do sábado, deviam os filhos de Israel distinguir-se de todas as outras nações. "Certamente guardareis Meus sábados", disse Cristo, "porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." "Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus, e a Terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-Se." "Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo." Êxodo 31:13, 17, 16. CSa 358 4 O sábado é um sinal da relação que existe entre Deus e Seu povo -- sinal de que eles são Seus súditos obedientes, de que guardam Sua santa lei. A observância do sábado é o meio ordenado por Deus para preservação do conhecimento de Si mesmo e distinção entre os Seus súditos leais e os transgressores de Sua lei. CSa 359 1 Esta é a fé uma vez entregue aos santos, os quais permanecem com poder moral perante o mundo, mantendo firmemente esta fé. CSa 359 2 Teremos oposição quando anunciarmos a mensagem do terceiro anjo. Satanás porá em execução todo plano possível para tornar sem efeito a fé uma vez entregue aos santos. "E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." 2 Pedro 2:2, 3. A despeito da oposição, porém, todos devem ouvir as palavras da verdade. CSa 359 3 A lei de Deus é o fundamento de toda reforma duradoura. Devemos apresentar ao mundo em linhas claras e distintas a necessidade de obedecer a essa lei. A obediência à lei de Deus é o maior incentivo à laboriosidade, à economia, à veracidade e ao tratamento justo entre homem e homem. Fundamento da reforma duradoura CSa 359 4 A lei de Deus deve ser o meio de educação na família. Acham-se os pais na mais solene obrigação de obedecer a esta lei, dando aos seu filhos um exemplo da mais estrita integridade. Os homens que ocupam posições de responsabilidade, cuja influência é de longo alcance, devem guardar bem os seus caminhos e atos, conservando sempre diante de si o temor do Senhor. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Salmos 111:10. Os que diligentemente dão ouvidos à voz do Senhor, e com prazer guardam os Seus mandamentos, estarão entre o número dos que verão a Deus. "O Senhor nos ordenou que fizéssemos todos estes estatutos, para temer ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje. E será para nós justiça quando tivermos cuidado de fazer todos estes mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado." Deuteronômio 6:24, 25. CSa 360 1 Nosso trabalho, como crentes na verdade, é apresentar ao mundo a imutabilidade da lei de Deus. Ministros e professores, médicos e enfermeiros acham-se obrigados, por compromisso com Deus, a apresentarem a importância da obediência ao Seus mandamentos. Devemos ser distinguidos como um povo que guarda os mandamentos. O Senhor declarou de maneira explícita que Ele tem uma obra a ser feita em prol do mundo. Como poderá ser ela feita? Devemos procurar encontrar a melhor maneira e então fazer a vontade do Senhor. Cada qual em seu lugar CSa 360 2 Os médicos do Instituto de Saúde não devem sentir-se compelidos a fazer o trabalho que os auxiliares podem realizar. Não devem eles ocupar-se da salas de hidroterapia ou mecanoterapia, consumindo sua vitalidade no desempenho daquilo que outros podem fazer. Não deve existir falta alguma de auxiliares para cuidar dos doentes e velar pelos pacientes fracos que necessitam de observadores. Devem os médicos poupar as suas energias para o desempenho satisfatório de seus deveres profissionais. Cumpre-lhes dizer aos outros o que devem fazer. Se houver falta daqueles em quem eles possam confiar para fazer estas coisas, devem-se empregar e instruir de maneira apropriada pessoas adequadas, e remunerá-las convenientemente por seus serviços. -- Testimonies for the Church 3:177, 178 (1872).* Perigos e oportunidades CSa 361 0 Sanatório, Califórnia, 3 de Junho de 1907 CSa 361 1 O médico acha-se em posição difícil. Fortes tentações se lhe deparam e, a menos que seja guardado pelo poder de Deus, aquilo que ele vê e ouve em sua obra desanimará o seu coração e lhe contaminará a alma. Seus pensamentos devem ser sempre elevados a Deus. Esta é sua única salvaguarda. CSa 361 2 Incontáveis são as oportunidades que tem o médico de conquistar almas para Deus, de animar os desanimados e mitigar o desespero que vem à alma na qual o corpo é torturado pelo sofrimento. CSa 361 3 Todavia, alguns que escolheram a profissão médica são muito facilmente desviados dos deveres que repousam sobre o médico. Alguns, pelo mau uso, enfraqueceram suas faculdades, de maneira que não podem prestar a Deus um serviço perfeito. Colocam-se onde não podem agir com vigor, tato e habilidade, e não percebem que por falta de consideração para com as leis físicas trazem sobre si mesmos ineficiência, e dessa maneira roubam e desonram a Deus. CSa 361 4 Não devem os médicos permitir que sua atenção seja desviada do seu trabalho; tampouco devem eles cingir-se tão completamente ao trabalho profissional que a saúde seja prejudicada. No temor do Senhor devem eles ser sábios no uso das energias que Deus lhes concedeu. Jamais devem desconsiderar os meios que Deus proveu para a preservação da saúde. É seu dever trazer sob o controle da razão cada faculdade que Deus lhes confiou. Valor do repouso, do estudo e da oração CSa 361 5 Dentre todos os homens, deve o médico, na medida do possível, ter horas regulares de descanso. Isso lhe dará capacidade de resistência para suportar a pesada carga de seu trabalho.* Em sua atarefada vida, notará o médico que o exame das Escrituras e a fervorosa oração proporcionarão vigor mental e firmeza de caráter. CSa 362 1 Procurai corresponder à expectativa de Jesus Cristo. Ele auxiliará em todo esforço feito na direção certa. Lembrai-vos de que não há um ato da vida, nem sentimento do coração, que não esteja exposto à graça do Salvador. CSa 362 2 O caminho para o trono de Deus está sempre franqueado. Não podeis estar sempre de joelhos em oração, mas vossas silenciosas preces podem ascender constantemente a Deus pedindo força e direção. Quando tentados, pois o sereis, podeis refugiar-vos no esconderijo do Altíssimo. Seus braços eternos estarão por baixo de vós. Que possam encorajar-vos estas palavras: "Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram seus vestidos, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso." Apocalipse 3:4. CSa 362 3 Quando Cristo, a esperança da glória, estiver formado em vós, sereis bem equilibrados; não sereis mutáveis, mas vos colocareis acima das influências que desalentam e inquietam aqueles que não estão firmados em Cristo. Sereis capazes de provar que é possível ser médico sábio e bem-sucedido, e ao mesmo tempo cristão ativo, que serve ao Senhor em sinceridade. A piedade é o fundamento da verdadeira dignidade e inteireza de caráter. Indispensáveis a integridade e a prontidão CSa 362 4 A menos que os médicos de nossos sanatórios sejam homens de hábitos corretos, a não ser que atendam prontamente os seus deveres, sua obra se tornará uma exprobração, e as designadas instrumentalidades do Senhor perderão a sua influência. Por uma atitude de negligência ao dever humilha o facultativo ao Grande Médico, de quem deve ser representante. Horas determinadas devem ser passadas com todos os pacientes, elevados e humildes. Nenhuma desatenta negligência deve ser tolerada em qualquer dos enfermeiros. Sede sempre verdadeiros em vossas palavras, prontos em atender às consultas marcadas, pois isto significa muito para o doente. Refinamento e delicadeza CSa 363 1 Entre os médicos cristãos deve existir sempre um empenho no sentido de manter a mais elevada espécie do verdadeiro refinamento e delicadeza -- a preservação daquelas barreiras de discrição que deve existir entre homens e mulheres. CSa 363 2 Vivemos em uma época em que o mundo é representado pelo tempo de Noé, e como no tempo de Sodoma. São-me constantemente apresentados os grandes perigos a que a juventude, homens e mulheres que apenas alcançaram a varonilidade e a feminilidade, bem como os homens e as mulheres de idade avançada, estão expostos, e não me atrevo a ficar calada. Há necessidade de maior refinamento tanto no pensamento como na associação. Há necessidade de que os cristãos sejam mais elevados e polidos nas palavras e comportamento. CSa 363 3 O trabalho do médico é de tal ordem que, se houver uma aresta em sua natureza, será revelada. Por esse motivo, deve o médico guardar, cuidadosamente as suas palavras, e evitar toda vulgaridade em sua conversação. Cada paciente de quem ele trata está lendo os traços do seu caráter e o tom de sua moralidade pelos seus atos e conversação. CSa 363 4 A luz que me foi dada pelo Senhor com respeito a este assunto é que, na medida do possível, médicas cuidem das senhoras em tratamento, e médicos tenham o cuidado dos pacientes do sexo masculino. Todo médico deve respeitar o recato dos pacientes. Qualquer exposição desnecessária das senhoras diante de médicos do sexo masculino é errado. Sua influência é prejudicial. CSa 364 1 Tratamentos melindrosos não devem ser feitos por médicos em senhoras, em nossas instituições. Jamais deve uma senhora em tratamento estar sozinha com um médico, seja para exame especial ou para tratamento. Sejam os médicos fiéis em preservar o recato e o pudor sob todas as circunstâncias. CSa 364 2 Em nossas instituições médicas deve haver sempre senhoras de idade madura e boa experiência que se tenham preparado para ministrar tratamentos às senhoras hospitalizadas. Devem-se instruir e qualificar senhoras o mais cabalmente possível para que se tornem profissionais nas enfermidades delicadas que afligem as pessoas do seu sexo, a fim de que suas partes íntimas não sejam expostas à observação de homens. Deve existir um número muito maior de médicas, instruídas para agir não só como enfermeiras, senão também como médicas. É das práticas mais horríveis, a revelação das partes íntimas das senhoras a homens, ou os homens serem tratados por mulheres. CSa 364 3 As senhoras médicas devem recusar-se terminantemente a olhar para as partes secretas de homens. Devem as senhoras ser cabalmente instruídas para trabalharem pelas senhoras, e os homens para trabalharem pelos homens. Saibam os homens que devem dirigir-se a pessoas de seu próprio sexo e não procurar médicas. Isso é um insulto às mulheres, e Deus olha para estas coisas triviais com aversão. CSa 364 4 Ao mesmo tempo em que os médicos são solicitados a ensinar sobre pureza social, exerçam eles aquele recato que é uma lição constante da pureza prática. As senhoras podem realizar um trabalho nobre como médicas práticas; quando, porém, homens pedirem a uma médica que os examine, e faça tratamentos que demandem a exposição de partes íntimas, recusem elas decididamente fazer esse trabalho. CSa 364 5 Há, na obra médica, perigos que o médico deve conhecer e contra o qual deve guardar-se constantemente. Homens verdadeiramente convertidos são os que devem ser empregados como médicos em nossos sanatórios. Alguns médicos são auto-suficientes e se consideram capazes de guardar seus próprios caminhos; quando, se de fato se conhecessem, sentiriam sua grande necessidade de auxílio do alto, de uma inteligência superior. CSa 365 1 Alguns médicos não servem para agir como médicos de senhoras por causa da atitude que assumem para com elas. Tomam liberdades até que se torna coisa comum a eles transgredirem as leis da castidade. Devem os nossos médicos ter a mais elevada consideração para com a instrução dada por Deus à Sua igreja quando esta foi libertada do Egito. Isso os guardará de se tornarem descuidados nas maneiras, e negligentes no que tange às leis da castidade. Em todos os que se pautam pelas leis dadas por Deus no Sinai pode-se seguramente confiar. Necessário parteiras competentes CSa 365 2 Não está em harmonia com as instruções dadas no Sinai fazerem os médicos o trabalho de parteiras. A Bíblia fala de parturientes sendo atendidas por mulheres, e assim deve ser sempre. Devem-se instruir senhoras e treiná-las para se dedicarem de maneira competente como parteiras e médicas ao seu sexo. É tão importante que se estabeleça um curso de estudo para preparar senhoras para tratarem de doenças de senhoras, como o é que haja cavalheiros convenientemente preparados para trabalhar como médicos e cirurgiões. E o salário da mulher deve ser proporcional aos seus serviços. Deve ela ser tão apreciada em seu trabalho quanto o é o médico no seu. CSa 365 3 Ensinemos as senhoras a se tornarem competentes na tarefa de tratar as enfermidades de seu sexo. Às vezes necessitarão elas do conselho e assistência de médicos experientes. Quando em situações difíceis, devem todas ser dirigidas pela Suprema Sabedoria. Devem ter em mente que elas necessitam e podem ter a sabedoria do Grande Médico em seu trabalho. CSa 366 1 Devemos ter uma escola na qual mulheres possam ser instruídas por médicos, para fazerem o melhor trabalho possível no tratamento das doenças de senhoras. CSa 366 2 Entre nós, como povo, a obra médica deve permanecer em sua posição mais elevada. Devem os médicos ter em mente que constitui seu trabalho preparar a alma do mesmo modo que o corpo para a vida celestial. Seu serviço para Deus deve estar incontaminado por práticas malignas. CSa 366 3 Cada clínico deve estudar cuidadosamente a Palavra de Deus. Lede a história dos filhos de Arão, no capítulo dez de Levítico, versículos 1-11. Aqui está um caso em que o uso do vinho embotou os sentidos. O Senhor pede que o apetite e todos os hábitos do médico sejam mantidos sob rigoroso controle. Enquanto lidam com o físico de seus pacientes, devem lembrar-se constantemente de que os olhos de Deus estão sobre seu trabalho. Devem-se entender as causas das enfermidades CSa 366 4 A parte mais nobre do trabalho dos médicos é levar os homens e as mulheres que estão sob seu cuidado a verem que a causa das doenças é a violação das leis da saúde, e encorajá-los a conceitos mais elevados e mais santos da vida. Devem-se dar instruções que proporcionem um antídoto para as enfermidades da alma bem como para as mazelas do corpo. Apenas o sanatório no qual são instituídos princípios elevados, será uma instituição salutar. O médico que, conhecedor do remédio para as enfermidades da alma e do corpo, negligência a parte educacional de sua obra, terá que dar contas de sua negligência no dia do juízo. Rigorosa pureza de linguagem deve ser observada, e guardada cada palavra e ato. Perigos do sucesso CSa 367 1 É esta uma época perigosa para qualquer homem que possui talentos que possam ser de utilidade na obra de Deus; pois Satanás está constantemente exercendo suas tentações sobre tal pessoa, procurando enchê-la de orgulho e ambição; e quando Deus precisa usá-lo, nove em dez casos, torna-se ele independente, presumido, e se considera capaz de permanecer firme sozinho. Este poderá ser seu perigo, Dr. _____, a menos que o senhor viva uma vida de constante fé e oração. O senhor pode ter um profundo e duradouro senso das coisas eternas e aquele amor à humanidade por Cristo demonstrado em Sua vida. Uma íntima comunhão com o Céu dará a entonação certa à sua fidelidade, e será o fundamento do seu sucesso. Seu sentimento de dependência o impelirá a orar, e seu senso do dever o convidará ao esforço. Oração e esforço, esforço e oração, serão o assunto de sua vida. O senhor deve orar como se a eficiência e o louvor fossem todos devidos a Deus, e trabalhar como se o dever fosse todo seu próprio. Se o senhor deseja poder, tê-lo-á, pois está à espera de que o senhor dele se sirva. Tão-somente creia em Deus, tome-O pela palavra, aja por fé, e as bênçãos virão. CSa 367 2 Neste assunto, o talento, a lógica e a eloquência não adiantarão. Deus aceita e ouve a oração daqueles que têm um coração humilde, confiante e contrito; e, quando Deus auxilia, todos os obstáculos serão superados. Quantos homens de grandes habilidades naturais e vasta cultura já não falharam quando colocados em posições de responsabilidade, enquanto os de intelecto mais fraco, em ambiente menos favorável, têm sido maravilhosamente bem-sucedidos! O segredo é que, os primeiros confiaram em si mesmos, enquanto os últimos se uniram* Àquele que é maravilhoso em conselho e poderoso em operar para executar o que deseja. CSa 368 1 Dada à constante urgência do seu trabalho, é-lhe difícil reservar tempo para a meditação e oração; isto, porém, o senhor não deve deixar de fazer. Obtida pela súplica diária, a bênção do Céu será como o pão da vida para sua alma, e o fará aumentar em força moral e espiritual, como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas, cujas folhas estarão sempre verdes, e cujo fruto surgirá no tempo certo. CSa 368 2 Sua negligência em assistir ao culto público de Deus é um grave erro. Os privilégios do serviço divino serão tão benéficos ao senhor quanto aos outros; e igualmente tão necessários. O senhor pode ser incapaz de aproveitar por si mesmo esses privilégios tanto quanto o fazem muitos outros. Amiúde o senhor será chamado, no sábado, para visitar os doentes, e poderá ser obrigado a fazer dele um dia de exaustivo labor. Esse trabalho de aliviar os sofredores foi considerado por nosso Salvador como obra de misericórdia e não violação do sábado. Quando, porém, o senhor dedica os seus sábados a escrever ou trabalhar, não efetuando nenhuma mudança especial, prejudica a sua própria alma, dá aos outros um exemplo não digno de imitação, e não honra a Deus. CSa 368 3 O senhor deixou de ver a verdadeira importância, não só da assistência às reuniões religiosas, mas também de dar testemunho em favor de Cristo e da verdade. Se não receber energia espiritual pelo fiel desempenho de cada dever cristão, entrando assim em uma relação mais íntima e mais sagrada com o seu Redentor, o senhor se tornará frágil em poder moral. A Bíblia vosso conselheiro CSa 369 1 Deus deseja que todos os que professam ser missionários-médicos evangélicos aprendam diligentemente as lições do Grande Mestre. Devem eles fazer isso, se desejam ter paz e descanso. Em aprendendo de Cristo, será o seu coração cheio da paz que Ele, somente, pode dar. CSa 369 2 O único livro indispensável ao estudo de todos é a Bíblia. Estudada com reverência e piedoso temor, é ela o maior de todos os educadores. Nenhum sofisma existe nela. Suas páginas estão cheias da verdade. Desejais vós obter um conhecimento de Deus e de Cristo, a quem Ele enviou ao mundo para viver e morrer pelos pecadores? Um zeloso e diligente estudo da Bíblia é necessário para conseguir esse conhecimento. CSa 369 3 Muitos dos livros que se acham empilhados nas grandes bibliotecas do mundo confundem mais a mente do que auxiliam o intelecto. Contudo, os homens gastam grandes somas de dinheiro na compra de tais livros, e anos de estudo, quando têm ao seu alcance um Livro que contém as palavras dAquele que é o Alfa e o Ômega da sabedoria. O tempo gasto no estudo desses livros poderia ser mais bem empregado na aquisição de conhecimento dAquele a quem conhecer corretamente é vida eterna. Somente o que adquirir esse conhecimento poderá afinal ouvir as palavras: "Estais perfeitos nEle." Colossences 2:10. CSa 369 4 Estudai mais a Bíblia e menos as teorias da classe médica, e obtereis maior saúde espiritual. Vossa mente se tornará mais clara e vigorosa. Muito do que está envolvido na carreira médica é taxativamente desnecessário. Os que recebem preparo médico passam grande parte do tempo aprendendo aquilo que é sem valor. Muitas das teorias que eles aprendem podem-se comparar em valor às tradições e máximas ensinadas pelos* escribas e fariseus. Muitas das complicações com as quais têm que familiarizar-se são um prejuízo para sua mente. CSa 370 1 Deus tem estado a expor estas coisas perante mim por muitos anos. Necessitamos, em nossas escolas e instituições médicas, de homens que tenham um conhecimento mais profundo das Escrituras -- homens que tenham aprendido as lições ensinadas na Palavra de Deus, e que possam ensinar estas lições a outros, de maneira clara e simples, exatamente como Cristo ensinou aos Seus discípulos o conhecimento que considerou mais essencial. A receita do grande médico para repouso CSa 370 2 Se nossos obreiros missionários-médicos seguissem a receita do Grande Médico para se obter repouso, uma restauradora corrente de paz fluiria através de suas almas. Eis a receita: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. CSa 370 3 Quando os nossos obreiros missionários-médicos seguirem esta prescrição, recebendo do Salvador poder para revelar-Lhe as características, sua obra científica adquirirá a maior solidez. Em virtude de ter a Palavra de Deus sido negligenciada, têm-se feito coisas estranhas na obra médico-missionária ultimamente. O Senhor não pode aceitar a presente situação. CSa 370 4 Estudai a Palavra que Deus em Sua sabedoria, amor e bondade tornou clara e simples. O sexto capítulo do Evangelho de João diz-nos o que significa o estudo da Palavra. Os princípios revelados nas Escrituras devem ser esclarecidos para a pessoa. Devemos comer a Palavra de Deus; isto é, não devemos desviar-nos de seus preceitos. Devemos introduzir suas verdades em nossa vida diária, apossando-nos dos mistérios da piedade. CSa 371 1 Orai a Deus. Comungai com Ele. Provai a própria mente de Deus, como aqueles que estão porfiando pela vida eterna, e que devem ter o conhecimento de Sua vontade. Podeis revelar a verdade apenas como a conheceis em Cristo. Deveis receber e assimilar Suas palavras; elas devem tornar-se parte de vós mesmos. Isto é o significa comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Deveis viver de toda palavra que sai da boca de Deus; a saber, o que Deus revelou. Nem tudo foi revelado; não poderíamos suportar tal revelação. Deus, porém, revelou tudo o que é necessário para nossa salvação. Não devemos deixar Sua Palavra pelas suposições dos homens. CSa 371 2 Obtende um conhecimento experimental de Deus usando o jugo de Cristo. Ele dá sabedoria aos mansos e humildes, habilitando-os a ajuizar do que é a verdade, trazendo à luz o porquê e para quê, indicando o resultado de certas ações. O Espírito Santo ensina o estudante das Escrituras a julgar todas as coisas pelo padrão de justiça, verdade e retidão. A revelação divina o supre do conhecimento de que ele necessita. CSa 371 3 E o conhecimento necessário será dado a todos os que vierem a Cristo, que receberem e praticarem os Seus ensinamentos, fazendo de Suas palavras uma parte de sua vida. Os que se colocam sob a orientação do grande Missionário Médico, para serem cooperadores Seus, obterão um conhecimento que o mundo, com toda a sua tradicional erudição, não pode proporcionar. CSa 371 4 Tornai a Bíblia vosso conselheiro. Vossa familiaridade com ela aumentará rapidamente se mantiverdes a mente livre do lixo do mundo. Quanto mais a Bíblia for estudada, tanto mais profundo será vosso conhecimento de Deus. As verdades de Sua Palavra vos serão escritas na alma, causando uma indelével impressão. CSa 372 1 Não só o próprio estudante será beneficiado pelo estudo da Palavra de Deus. Seu estudo é vida e salvação para todos com quem ele se associa. Sentirá ele uma sagrada responsabilidade de comunicar o conhecimento que recebe. Sua vida revelará o auxílio e a força que ele recebe da comunhão com a Palavra. A santificação do Espírito será vista nos pensamentos, nas palavras e nos atos. Tudo o que ele diz e faz anunciará que Deus é luz e que nEle não há treva alguma. De tais pessoas pode o Senhor Jesus dizer realmente: "São cooperadores de Deus." Qualificações necessárias CSa 372 2 Foi-me mostrado que os médicos e auxiliares devem ser da mais alta ordem -- pessoas que tenham um conhecimento experimental da verdade, que imponham respeito, e em cuja palavra se possa confiar. Devem ser pessoas que não possuam imaginação doentia, que tenham perfeito domínio próprio, que não sejam caprichosas ou inconstantes, que sejam destituídas de ciúmes e de ruins suspeitas; pessoas que tenham um poder de vontade que não se renda a pequenas indisposições, que sejam livres de preconceito, que não pensem mal, que reflitam e ajam calma e atenciosamente, tendo sempre em vista a glória de Deus e o bem dos outros. Jamais deve alguém ser exaltado a uma posição de responsabilidade simplesmente pelo fato de desejá-la. Devem-se escolher unicamente aqueles que estão qualificados para a posição. Os que devem assumir responsabilidades precisam ser primeiro provados e dar evidência de que são isentos de inveja, de que não tomam antipatia a esta ou aquela pessoa, ao passo que têm alguns amigos favoritos e não fazem nenhum caso de outros. Praza a Deus que todos possam agir de maneira correta nessa instituição. -- Testimonies for the Church 1:567 (1867). Oração pelos enfermos CSa 373 1 No que tange à oração pelos enfermos... estive considerando muitas coisas que me foram apresentadas no passado com respeito a este assunto. CSa 373 2 Suponhamos que vinte homens e mulheres se apresentassem como objeto de oração em alguma de nossas reuniões campais; isso não seria improvável, pois aqueles que estão enfermos farão tudo o que estiver ao seu alcance para obterem alívio e recobrarem as energias e a saúde. Desses vinte, poucos haviam dado atenção à luz sobre o assunto da pureza e da reforma de saúde. Haviam negligenciado a prática dos princípios corretos no comer e no beber e no cuidar de seu corpo, e alguns dos casados haviam formado grosseiros hábitos e condescendido com práticas profanas, enquanto dentre os que eram solteiros, alguns haviam sido descuidados para com a saúde e a vida, desde que em fúlgidos raios havia a luz brilhado sobre eles; não haviam, porém, tido respeito para com a luz, nem haviam andado de maneira circunspecta. Mesmo assim, solicitam as orações do povo de Deus, e vão em busca dos anciãos da igreja. CSa 373 3 Reconquistassem a bênção da saúde, e muitos deles seguiriam a mesma conduta de desatenta transgressão às leis da Natureza, a menos que sejam iluminados e completamente transformados. ... CSa 373 4 O pecado levou muitos deles ao ponto em que estão -- a um estado de enfraquecimento da mente e debilidade do corpo. Deve ser feita a oração ao Deus dos Céus para que Sua cura venha a eles naquele momento e local, sem o estabelecimento de quaisquer condições? Respondo: Não, taxativamente não. Que, então, se deve fazer? Apresentar seus casos Àquele que conhece cada indivíduo pelo nome. CSa 373 5 Apresentai estas considerações às pessoas que vêm pedir as vossas orações: Somos humanos; não podemos ler-vos o* coração ou conhecer os segredos de vossa vida. Estes são conhecidos apenas por vós mesmos e por Deus. Se agora vos arrependeis do vosso pecado, se qualquer de vós puder ver que em certo sentido tem andado contrariamente à luz que Deus vos deu, e tem deixado de dar honra ao corpo, templo de Deus, mas por hábitos errôneos tem degradado o corpo que é propriedade de Cristo, confesse estas coisas a Deus. A não ser que o Espírito Santo opere em vós de maneira especial para confessardes ao homem os vossos pecados de natureza oculta, não os segredeis a nenhuma alma. CSa 374 1 Cristo é vosso Redentor; Ele não tirará nenhuma vantagem da confissão de vossas humilhações. Se tiverdes pecado de caráter oculto, confessai-o a Cristo, único Mediador entre Deus e o homem. "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." 1 João 2:1. Se tendes pecado retendo de Deus o que Lhe pertence em dízimos e ofertas, confessai a Deus e à igreja o vosso delito, e atendei a admoestação que Ele vos deu: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro." Malaquias 3:10. ... Uma das experiências mais solenes CSa 374 2 A oração pelos doentes é uma das coisas mais solenes, e não devemos empenhar-nos nessa obra de maneira descuidada e apressada. Deve-se fazer investigação quanto a se os que querem ser abençoados com a saúde têm condescendido em maledicência, desunião e dissensão. Têm eles semeado discórdia entre os irmãos e irmãs da igreja? Se essas coisas foram praticadas, devem ser confessadas diante de Deus e da igreja. Quando os erros forem confessados, os motivos de oração podem ser apresentados a Deus com ardor e fé, na medida em que o Espírito de Deus atuar sobre vós. CSa 375 1 Nem sempre, porém, é prudente suplicar cura incondicional. Vossas orações devem incluir este pensamento: "Senhor, conheces todos os segredos da alma. Estás familiarizado com estas pessoas; pois Jesus, seu Advogado, deu a vida por elas. Ama-as Ele mais do que possivelmente possamos fazê-lo. Se, pois, for para a Tua glória e o bem dessas almas aflitas, que lhes seja restabelecida a saúde, pedimos-Te, em nome de Jesus, que lhes seja restituída a saúde neste momento." Nenhuma falta de fé é manifestada em uma petição dessa espécie. CSa 375 2 O Senhor "não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens". Lamentações 3:33. "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem." Salmos 103:13. Conhece Ele o nosso coração, pois lê todos os segredos da alma. Ele sabe se aqueles em favor de quem se fazem petições seriam capazes de suportar a aflição e a prova que sobre eles viria caso vivessem. Conhece o fim desde o princípio. Muitos serão levados a repousar antes que a prova de fogo do tempo de tribulação venha sobre o nosso mundo. Essa é outra razão por que deveríamos dizer no fim de nossa fervorosa petição: "Todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua." Lucas 22:42. Tal súplica jamais será registrada no Céu como uma oração falta de fé. CSa 375 3 Ao apóstolo foi ordenado escrever: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam." Apocalipse 14:13. De acordo com isso, podemos notar que nem todos devem restabelecer-se; e se não recobrarem a saúde, não devem ser julgados indignos da vida eterna. Se Jesus, o Redentor do mundo orou: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice", e aduziu: "Todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres" (Mateus 26:39), quão apropriado é que os seres finitos façam a mesma entrega à sabedoria e vontade de Deus! De acordo com a sua vontade CSa 376 1 Na oração pelos enfermos, devemos pedir que, se for da vontade de Deus, lhes seja restituída a saúde; mas, se não, que Ele lhes dê a Sua graça para confortá-los e Sua presença para sustentá-los em seu sofrimento. CSa 376 2 Muitos que deviam pôr sua casa em ordem, negligenciam fazer isso por confiarem que lhes será restituída a saúde em resposta à oração. Apoiados em uma falsa esperança, não sentem necessidade de pronunciar palavras de exortação aos filhos, pais ou amigos, e isto é uma grande infelicidade. Apegados à promessa de que serão curados se orarem em prol da saúde, não se animam a fazer uma referência quanto à maneira em que suas propriedades devem ser distribuídas, como sua família deve ser cuidada, nem expressam qualquer desejo com relação a assuntos sobre os quais falariam, se achassem que seriam levados pela morte. Dessa forma, trazem desgraça sobre a família e os amigos, pois muitas coisas que deveriam ser entendidas não são mencionadas, porque temem que expressar-se sobre esses pontos constitua negação de sua fé. Crendo que serão curados pela oração, deixam de usar medidas saudáveis que estão ao seu alcance, temendo que isso indique negativa de sua fé. CSa 376 3 Sou grata a Deus pelo fato de ser nosso privilégio cooperar com Ele na obra de restauração, valendo-nos de todas as possíveis vantagens na recuperação da saúde. Não constitui nenhuma negação de nossa fé colocar-nos em condições mais favoráveis de recuperação.* Submissão e fé CSa 377 1 Nesses casos de aflição, em que Satanás exerce domínio sobre a mente, devia proceder-se antes da oração a um exame escrupuloso de si mesmo a fim de verificar se existem pecados que precisam ser confessados e abandonados. É mister que haja profunda humilhação da alma diante de Deus e se tenha confiança humilde nos merecimentos do sangue de Cristo. A oração e o jejum nada conseguem, enquanto o coração estiver alheado de Deus por um procedimento errôneo. Ler Isaías 58:6, 7, 9-11. CSa 377 2 É trabalho de coração, o que o Senhor exige; boas obras provindas de um coração repleto de amor. Todos deveriam cuidadosa e devotamente... investigar seus motivos e ações. A promessa de Deus a nós é sob condição de obediência, submissão a todas as Suas ordens. Ler Isaías 58:1-3. ... Fé e calma CSa 377 3 Foi-me mostrado que em casos de enfermidade, em que não houver impedimento algum para que sejam feitas orações em favor do doente, o caso deveria ser confiado ao Senhor com calma e fé, e não com tempestade de excitamento. Só Ele é quem conhece a vida passada do indivíduo, e sabe também o que será o seu futuro. Conhece o coração de todos os homens, sabe se o doente, depois de restabelecido, glorificará Seu nome ou se, pelo seu desvio e apostasia, virá a desonrar a Deus. Tudo o que nos compete fazer é pedir-Lhe que restabeleça o doente de conformidade com Sua vontade, e crer que Ele tomará em consideração as razões apresentadas e as orações que a favor do enfermo forem feitas. Se o Senhor vir que o restabelecimento do doente é para Sua glória, atenderá as nossas orações. Insistir, porém, na cura, sem conformar-se com Sua vontade, é um erro.* CSa 378 1 O que Deus prometeu, a todo tempo é capaz de cumprir, e a obra que confiou a Seu povo a pode perfeitamente realizar por seu intermédio. Se este estiver disposto a andar em conformidade com toda a palavra que Deus falou, toda boa palavra e promessa serão cumpridas. Mas se faltar à perfeita obediência, as grandes e preciosas promessas não serão obtidas e não se cumprirão. CSa 378 2 Tudo o que podemos fazer, ao orar por um doente, é suplicar a Deus com insistência a favor dele e com confiança plena depositar seu caso em Suas mãos. Se atentarmos para alguma iniquidade em nosso coração, Deus não nos ouvirá. Tem o direito de fazer o que Lhe apraz com o que Lhe pertence. Glorificará Seu nome operando nos que O seguem de coração, e por meio deles, de maneira a ficar patente que é o Senhor que tudo neles opera, e que suas obras se cumprem em Deus. Fé e obediência CSa 378 3 Disse Cristo: "Se alguém Me servir, Meu Pai o honrará." João 12:26. Quando, pois, nos chegamos a Deus, devemos orar para que nos seja dado compreender e realizar Seu propósito, e nossos desejos e interesses se identifiquem com os dEle. Devemos protestar-Lhe nossa conformidade com Sua vontade, e não pedir que condescenda com a nossa. É bom para nós que o Senhor não defira sempre as nossas súplicas ao tempo e do modo que o desejamos. Assim procedendo, far-nos-á maior bem do que cumprindo nossa vontade, porque nossa sabedoria é loucura diante de Deus. CSa 378 4 Temo-nos reunido em fervorosa prece ao redor do leito de dor de homens, mulheres e crianças, e vimos que foram restituídos à vida em resposta às nossas ardentes súplicas. Nessas orações pensamos que devíamos ser positivos e, se tínhamos fé, devíamos pedir nada menos que a vida. Não usamos juntar à nossa súplica esta restrição: "Se for para glória de Deus" temendo que isso fosse aparentar certa dúvida. Observamos atentamente os que destarte nos foram restituídos, e notamos que alguns deles, particularmente jovens, depois de recebida a saúde, se esqueceram de Deus, abandonando-se a uma vida dissoluta, causando aflição e tristeza aos pais e amigos, cumulando de vergonha até os que receavam orar por eles. Não honraram nem glorificaram a Deus com sua vida, mas grandemente O desonraram com seus vícios. CSa 379 1 Desistimos, pois, de traçar a Deus a norma de proceder nesses casos e não procuramos mais incliná-Lo à condescendência com nossos desejos. Se a vida do doente pode glorificá-Lo, suplicamos-Lhe que lhe conceda viver, porém não como nós queremos e sim como Ele quiser. Nossa fé pode ter a mesma firmeza até provar-se mais confiante ainda, subordinando o desejo pessoal à onisciente vontade de Deus, e depositando tudo com confiança em Suas mãos, sem excitamentos inúteis. Temos a promessa. Sabemos que Ele nos ouve, se pedirmos de acordo com Sua vontade. Nossas petições não devem revestir a forma de uma ordem e sim de uma intercessão para que se cumpra o que dEle suplicamos. CSa 379 2 Quando a igreja é unida, terá virtude e poder; porém, se parte dela se inclina para o mundo e muitos são dados à concupiscência, que Deus aborrece, pouco Lhe será possível fazer por eles. A incredulidade e o pecado separam a muitos de Deus. Somos tão fracos que não podemos suportar grande prosperidade espiritual sem nos atribuir a sua glória e arrogar bondade e justiça como motivo das bênçãos recebidas, quando tudo tem sua razão de ser na grande misericórdia e bondade do compassivo Pai celestial e não nalgum bem que porventura em nós houvesse.* Fé e obras CSa 380 1 Na oração pelos enfermos, é necessário ter fé; pois isto está de acordo com a Palavra de Deus. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tiago 5:16. Dessa maneira, não podemos prescindir da oração pelos doentes, e deveríamos sentir-nos muito tristes se não nos fosse dado o privilégio de aproximar-nos de Deus, colocar perante Ele todas as nossas fraquezas e enfermidades, contar ao compassivo Salvador tudo acerca dessas coisas, crendo que Ele ouve as nossas petições. CSa 380 2 Às vezes a resposta às nossas orações vem imediatamente; outras vezes temos que esperar pacientemente e continuar pleiteando com fervor pelas coisas de que necessitamos, sendo o nosso caso ilustrado pelo do importuno solicitador de pão. "Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite", etc. Esta lição significa mais do que podemos imaginar. Devemos insistir no pedido, mesmo que não percebamos a resposta imediata às nossas orações. "E Eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á." Lucas 11:9, 10. CSa 380 3 Necessitamos de graça, de iluminação divina, para que por meio do Espírito possamos saber como pedir em favor dessas coisas de que carecemos. Se nossas petições forem ditadas pelo Senhor, elas serão respondidas. CSa 380 4 Há preciosas promessas nas Escrituras para os que esperam no Senhor. Todos desejamos uma resposta imediata às nossas orações, e somos tentados a desanimar-nos se a nossa súplica não é prontamente respondida. Todavia, minha experiência me tem ensinado que isto é um grande erro. A demora visa o nosso proveito especial. Temos a oportunidade de* verificar se nossa fé é verdadeira e sincera, ou se inconstante como as ondas do mar. Devemos cingir-nos ao altar com as potentes cordas da fé e do amor, e permitir que a paciência realize a sua obra perfeita. A fé torna-se forte por meio do contínuo exercício. Essa espera não indica que em virtude de pedirmos saúde a Deus não tenhamos que fazer coisa alguma. Ao contrário, devemos fazer o melhor uso dos meios que o Senhor em Sua bondade providenciou para nós em nossas necessidades. CSa 381 1 Tenho visto tantos casos serem levados a extremos, na oração em favor dos enfermos, que tenho achado necessitar, este aspecto de nossa experiência, de reflexão muito sólida e santificada, para que não realizemos movimentos que possamos chamar de fé, mas que na realidade não são mais do que presunção. As pessoas abatidas pela aflição precisam ser aconselhadas sabiamente, para que possam mover-se de maneira discreta; e enquanto se colocam diante de Deus para que se ore em seu favor, a fim de que sejam curadas, não devem assumir o ponto de vista de que os métodos de restauração da saúde de conformidade com as leis naturais devam ser abandonados. CSa 381 2 Se eles são de parecer que na oração em favor de cura não devem usar os remédios simples providos por Deus para aliviar o sofrimento e auxiliar a Natureza em sua obra, temendo que isso indique negação da fé, estão tomando uma posição imprudente. Isso não é negar a fé; está em íntima harmonia com os planos de Deus. Quando Ezequias adoeceu, o profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que morreria. Ele clamou ao Senhor, e o Senhor ouviu o Seu servo e operou um milagre em seu favor, enviando-lhe a mensagem de que lhe seriam acrescentados à vida quinze anos. Ora, uma palavra de Deus, um toque da mão divina, teria curado Ezequias instantaneamente, mas foram dadas instruções especiais no sentido de tomar uma pasta de figos e colocá-la sobre a parte afetada, e Ezequias foi restaurado à vida. Em tudo necessitamos mover-nos ao longo da linha da providência de Deus. CSa 382 1 O instrumento humano deve ter fé, e deve cooperar com o poder divino, utilizando-se toda facilidade, tirando vantagem de tudo o que, de acordo com o seu discernimento, for benéfico, operando em harmonia com as leis naturais; e ao assim fazer não nega nem põe obstáculos à fé. Gratidão pela saúde CSa 382 2 Quantas vezes os que estão com saúde esquecem as maravilhosas mercês que lhes são continuamente concedidas dia a dia, ano após ano! Não rendem a Deus tributo de louvor por todos os Seus benefícios. Quando sobrevém a doença, porém, lembram-se de Deus. O forte desejo de restabelecer-se induz a fervorosa oração; e isto é direito. Deus é nosso refúgio tanto na enfermidade como na saúde. Muitos, no entanto, não Lhe entregam seu caso; eles promovem a fraqueza e a doença preocupando-se consigo mesmos. Caso deixassem de afligir-se, e se erguessem acima da depressão e das sombras, mais certa seria a cura. Devem lembrar-se com gratidão por quanto tempo gozaram a bênção da saúde; e, fosse essa preciosa graça a eles restituída, não deveriam esquecer que se acham sob nova obrigação para com seu Criador. Quando os dez leprosos foram curados, unicamente um volveu em busca de Jesus e deu-Lhe glória. Não sejamos nós como os inconsiderados nove, cujo coração não foi tocado pela misericórdia de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:108. A influência do médico CSa 383 1 Foi-me mostrado que os médicos devem entrar em uma relação mais íntima com Deus, e erguer-se e trabalhar ardorosamente em Sua força. Eles têm uma parte de responsabilidade a desempenhar. Não só a vida dos pacientes, mas a alma deles está em jogo. Muitos que são beneficiados fisicamente, podem, ao mesmo tempo, ser grandemente auxiliados no sentido espiritual. Tanto a saúde do corpo como a salvação da alma, dependem ambos, em grande parte, do procedimento dos médicos. É da máxima importância que eles sejam retos, que não tenham apenas o conhecimento científico, mas o conhecimento da vontade e dos caminhos de Deus. Grandes responsabilidades repousam sobre eles. CSa 383 2 Meus irmãos, deveis ver e sentir vossa responsabilidade, e, em face dela, humilhar a alma diante de Deus e implorar-Lhe sabedoria. Não tendes compreendido quanto a salvação das almas daqueles cujo corpo estais procurando aliviar do sofrimento, depende de vossas palavras, atos e comportamento. Estais realizando obra que deve suportar a prova do juízo. Deveis preservar vossa própria alma dos pecados do egoísmo, da presunção e da confiança própria. Tirar água da fonte oculta CSa 383 3 Deveis preservar a verdadeira dignidade cristã, mas evitai toda afetação. Sede estritamente honestos de coração e vida. Permiti que a fé, à semelhança da palmeira, estenda as suas penetrantes raízes por baixo das coisas que aparecem, e obtenha o refrigério espiritual das fontes vivas da graça e da misericórdia de Deus. Há uma fonte de água que salta para a vida eterna. Deveis haurir vossa vida dessa fonte oculta. Se vos* despirdes do egoísmo e fortalecerdes vossa alma pela constante comunhão com Deus, podereis promover a felicidade de todos com quem entrardes em contato. Notareis os negligenciados, informareis os ignorantes, encorajareis os oprimidos e desanimados, e, na medida do possível, aliviareis os sofredores. E não só indicareis o caminho do Céu, mas vós mesmos andareis nele. CSa 384 1 Não vos contenteis com conhecimento superficial. Não exulteis por causa de lisonjas, nem vos oprimais por motivo de censuras. Satanás vos tentará a proceder de tal maneira que sejais admirados e lisonjeados; mas deveis desviar-vos de seus ardis. Sois servos do Deus vivo. CSa 384 2 Vosso trato com os enfermos é um procedimento exaustivo, e exauriríeis gradualmente as fontes da vida caso não houvesse nenhuma mudança, nenhuma oportunidade para recreação, e se anjos de Deus vos não guardassem e protegessem. Se pudésseis ver os muitos perigos através dos quais sois guiados a salvo cada dia por esses mensageiros do Céu, a gratidão brotaria de vosso coração e encontraria expressão em vossos lábios. Se fizerdes de Deus a vossa força, podereis, sob as circunstâncias mais desanimadoras, atingir uma altura e uma amplitude de perfeição cristã que dificilmente pensaríeis ser possível alcançar. Vossos conceitos podem ser tão elevados, podereis ter tão nobres aspirações, percepções claras da verdade e propósito de ação que sereis elevados acima de todos os motivos sórdidos. CSa 384 3 Serão necessárias tanto reflexão como ação, se desejardes alcançar a perfeição do caráter. Conquanto postos em contato com o mundo, deveis estar em guarda a fim de que não procureis com tanto empenho o aplauso dos homens e vivais de acordo com sua opinião. Andai com cuidado, se desejais prosseguir com segurança; desenvolvei a graça da humildade e confiai a Cristo as vossas almas indefesas. Podeis ser, em muitos sentidos, homens de Deus. Em meio da confusão e tentação das multidões profanas, podeis manter, com perfeita suavidade, a independência da alma. Comunhão diária com Deus CSa 385 1 Se mantiverdes comunhão diária com Deus, aprendereis a colocar a Sua estima acima da dos homens, e as obrigações de abençoar a humanidade sofredora, que sobre vós repousam, encontrarão resposta pronta. Não sois de vós mesmos; vosso Senhor possui sagradas reivindicações sobre vossas supremas afeições e sobre as mais elevadas realizações de vossa vida. Ele tem o direito de utilizar o vosso corpo e o vosso espírito, ao mais pleno grau de vossas faculdades, para Sua própria honra e glória. Sejam quais forem as cruzes que vos seja exigido levar, os labores ou sofrimentos a vós impostos por Sua mão, deveis aceitar sem um murmúrio. CSa 385 2 Aqueles para quem labutais são vossos irmãos na dor, sofrendo perturbações físicas e a lepra espiritual do pecado. Se sois em algum sentido melhores do que eles, deve isto ser creditado à cruz de Cristo. Muitos estão sem Deus e sem esperança no mundo. Eles são culpados, corruptos e degradados, escravizados pelos estratagemas de Satanás. Todavia são estas as pessoas a quem Cristo veio do Céu para redimir. Eles são objeto da mais terna compaixão, simpatia e incansável esforço, pois estão à beira da ruína. Sofrem de desejos insatisfeitos, paixões desordenadas e pela condenação de sua própria consciência; são infelizes em todo o sentido da palavra, pois estão perdendo a posse desta vida e não possuem perspectiva alguma da vida futura. Sede ativos e vigilantes CSa 385 3 Tendes um importante campo de trabalho, e deveis ser ativos e vigilantes, prestando obediência alegre e irrestrita aos reclamos do Mestre. Tende sempre em mente que vossos esforços para reformar outros devem ser feitos no espírito de invariável bondade. Nada jamais conseguireis mantendo-vos afastados daqueles aos quais quereis auxiliar. Deveis conservar na lembrança dos pacientes o fato de que ao sugerirdes a reforma de seus hábitos e costumes lhes estais apresentando não o que é para arruiná-los, mas para salvá-los; que, enquanto deixam o que estimaram e amaram até aqui, devem edificar sobre um fundamento mais firme. Ao mesmo tempo que a reforma deve ser defendida com firmeza e resolução, toda aparência de fanatismo ou espírito autoritário deve ser cuidadosamente evitada. Cristo nos deu preciosas lições de paciência, tolerância e amor. Rudeza não é energia; nem a prepotência heroísmo. O Filho de Deus era persuasivo. Ele Se manifestou para atrair para Si a todos os homens. Seus seguidores devem estudar-Lhe mais atentamente a vida e andar na luz de Seu exemplo, seja qual for o sacrifício próprio. Deve-se manter a reforma, contínua reforma, perante o povo, e vosso exemplo deve fortalecer os vossos ensinamentos. Obediência e felicidade CSa 386 1 Conservai sempre em mente que o maior objetivo da reforma de saúde é assegurar o mais alto desenvolvimento possível da mente, alma e corpo. Todas as leis da Natureza -- que são as leis de Deus -- destinam-se ao nosso bem. A obediência a elas promove nossa felicidade nesta vida e nos ajudará no preparo para a vida por vir. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 120 (1890). ------------------------Seção 8 -- Enfermeiros e auxiliares Devem-se seguir os métodos de Cristo CSa 387 1 Podemos aprender muitas lições preciosas dos métodos de trabalho seguidos por Cristo. Não seguia Ele apenas um método; de várias maneiras procurava Ele atrair a atenção da multidão e, tendo obtido sucesso nisso, proclamava-lhes as verdades do evangelho. Sua obra principal consistia em ministrar aos pobres, aos necessitados e aos ignorantes. Em simplicidade expunha perante eles as bênçãos que podiam receber, e dessa forma lhes despertava a fome da alma para a verdade, o pão da vida. CSa 387 2 A vida de Cristo é um exemplo a todos os Seus seguidores, que mostra a todos os que aprenderam o caminho da vida o dever de ensinarem aos outros o que significa crer na Palavra de Deus. Muitos há agora nas sombras da morte que precisam ser instruídos nas verdades do evangelho. Quase o mundo inteiro jaz na impiedade. A todos os crentes em Cristo foram dadas palavras de esperança para os que se encontram em trevas: "A terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia das nações; o povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou." Mateus 4:15, 16. CSa 387 3 Necessitam-se jovens zelosos e devotados para entrarem na obra como enfermeiros. Ao usarem conscienciosamente esses jovens, moços e moças, o conhecimento que adquirirem, aumentarão em capacidade, tornando-se cada vez mais qualificados para ser a mão auxiliadora do Senhor.* CSa 388 1 O Senhor necessita de homens e mulheres sábios, que possam desempenhar a função de enfermeiros, para confortar e auxiliar os enfermos e sofredores. Oh! se todos os que se encontram aflitos pudessem ser atendidos por médicos e enfermeiros cristãos que os ajudassem a deixar seu corpo abatido e torturado pelo sofrimento aos cuidados do grande Médico, olhando para Ele com fé em busca de restauração! Se mediante ministração judiciosa é o paciente levado a confiar sua alma a Cristo e a trazer seus pensamentos em obediência à vontade de Deus, uma grande vitória foi alcançada. ... CSa 388 2 Há muitos ramos da obra a serem levados avante pelos enfermeiros missionários. Há oportunidades para que enfermeiros bem instruídos vão aos lares e ali se esforcem para despertar algum interesse pela verdade. Em quase toda comunidade há grande número que não dará ouvidos aos ensinamentos da Palavra de Deus nem assistirá a quaisquer serviços religiosos. Se o evangelho deve alcançar a estes, deve ele ser levado aos seus lares. Muitas vezes o alívio de suas necessidades físicas é a única via de acesso pela qual se pode aproximar deles. CSa 388 3 Os enfermeiros missionários que cuidam dos enfermos e aliviam as dores dos pobres, encontrarão muitas oportunidades para orarem com eles, lerem para eles a Palavra de Deus e falar-lhes do Salvador. Podem eles orar com e pelas almas desajudadas que não têm força de vontade para dominar os apetites que a paixão degenerou. Podem levar um raio de esperança à vida dos vencidos e desanimados. A revelação do amor altruísta, manifestado em atos de desinteressada bondade, tornará mais fácil a esses sofredores crerem no amor de Cristo. CSa 388 4 Muitos não possuem nenhuma fé em Deus, e perderam a confiança no homem. Contudo, apreciam atos de simpatia e prestatividade. Ao verem eles alguém sem nenhum incentivo de louvor ou recompensa terrena vir aos seus lares tratar dos enfermos, alimentar os famintos, vestir os nus, confortar os tristes, e dirigir sempre todos de maneira terna Àquele de cujo amor e piedade o humano obreiro não é senão mensageiro -- ao verem isso, o coração deles se sente tocado. Surge a gratidão; ateia-se a fé. Vêem que Deus cuida deles, e estão preparados para dar ouvidos aos ensinamentos de Sua Palavra. Obreiros evangelistas para ministrarem aos enfermos CSa 389 1 Tanto nos campos estrangeiros como na sua pátria, todos os missionários, tanto homens como mulheres, obterão muito mais fácil acesso ao povo, e verão sua utilidade grandemente aumentada, se forem capazes de prestar auxílio aos enfermos. As senhoras que vão como missionárias a nações pagãs, podem dessa forma encontrar oportunidade para falar do evangelho às mulheres dessas terras, quando todas as outras vias de acesso estiverem fechadas. Todos os obreiros-evangelistas deviam saber aplicar os tratamentos simples que tanto suavizam a dor e afastam as doenças. CSa 389 2 Os obreiros-evangelistas devem ser também capazes de dar instruções quanto aos princípios do viver sadio. Há enfermidades por toda parte, e muitas delas poderiam ser evitadas por meio da atenção às leis da saúde. O povo precisa ver o efeito dos princípios da saúde sobre o seu bem-estar, tanto para esta vida como para a vida futura. Precisa ser despertado quanto a sua responsabilidade para com a habitação humana aparelhada pelo Criador como Seu lugar de morada, e da qual Ele deseja seja fiel mordomo. CSa 389 3 Milhares necessitam, e alegremente receberiam, instrução sobre os métodos simples de tratar os enfermos, métodos que estão substituindo o uso de drogas venenosas. Há grande necessidade de instrução relacionada com a reforma dietética. Hábitos errôneos no comer, e o uso de alimentos prejudiciais, são em não pequena medida responsáveis pela intemperança, o crime e miséria que afligem o mundo. CSa 390 1 Ao ensinardes os princípios de saúde, conservai na mente o grande objetivo da reforma -- que seu propósito é conseguir o maior desenvolvimento do corpo, espírito e alma. Mostrai que as leis da Natureza, sendo leis de Deus, são destinadas ao nosso bem; que a obediência a elas traz felicidade nesta vida, e auxilia no preparo para a vida por vir. CSa 390 2 Incentivai o povo a estudar esse maravilhoso organismo, o corpo humano, e as leis que o regem. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que entendem alguma coisa da sabedoria e beneficência de Suas leis e os resultados da obediência, virão a considerar seus deveres e obrigações de um ponto de vista completamente diferente. Em lugar de considerarem a observância das leis da saúde como um assunto de sacrifício e renúncia, considerá-la-ão como na verdade é, uma bênção inestimável. Ensinai os princípios de reforma da saúde CSa 390 3 Todo obreiro-evangelista deve sentir ser parte do trabalho que lhe é designado ensinar os princípios do viver sadio. Há grande necessidade desse trabalho, e o mundo acha-se aberto para ele. CSa 390 4 Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual -- obra que não pode ser feita por procuração. O cuidado dos doentes e necessitados, a proclamação do evangelho aos perdidos, não deve ser feita por comissões ou organizações de caridade. Responsabilidade individual, individuais esforços, sacrifícios pessoais são os reclamos do evangelho. CSa 390 5 "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar", é a ordem de Cristo, "para que a Minha casa se encha." Lucas 14:23. Ele leva os homens em contato com aqueles a quem podem beneficiar. "E recolhas em casa os pobres desterrados", diz Ele. "E vendo o nu, o cubras." Isaías 58:7. "Porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." Marcos 16:18. Por meio do contato direto, através do ministério pessoal, devem as bênçãos do evangelho ser comunicadas. CSa 391 1 Os que aceitam a obra que lhes é indicada, não só beneficiarão a outros, mas eles próprios serão beneficiados. A consciência do dever bem executado terá uma influência reflexa sobre sua própria alma. O desanimado esquecerá o seu abatimento, o fraco se tornará forte, inteligente o ignorante, e todos encontrarão um infalível ajudador nAquele que os chamou. Trabalho de casa em casa CSa 391 2 Aqueles que se empenham em trabalho de casa em casa, encontrarão oportunidades para servir em muitos ramos. Devem orar pelos doentes e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para os aliviar de sofrimentos. Devem trabalhar entre os humildes, os pobres e oprimidos. Devem orar pelos desamparados que não têm força de vontade para dominar os apetites que a paixão tem degradado, e orar com eles também. Um esforço sincero e perseverante tem que ser envidado em prol da salvação daqueles em cujo coração se despertou algum interesse. Muitas pessoas só podem ser alcançadas mediante atos de desinteressada bondade. É mister socorrer primeiramente suas necessidades materiais. Ao verem evidências de nosso desinteressado amor, é-lhes mais fácil crer no amor de Cristo. CSa 391 3 Os enfermeiros-missionários estão mais bem qualificados para este trabalho, mas outros devem juntar-se a eles. Embora não especialmente instruídos e treinados em enfermagem, podem estes aprender de seus colegas a melhor maneira de trabalhar. -- Testimonies for the Church 6:84 (1900). Um chamado para evangelistas CSa 392 1 Estamos vivendo nos últimos dias. Aproxima-se o fim de todas as coisas. Cumprem-se rapidamente os sinais preditos por Cristo. Esperam-nos tempos tormentosos; não pronunciemos, porém, palavra alguma de desalento ou descrença. Aquele que compreende as necessidades da situação dispõe as coisas de maneira tal que os obreiros colocados nos diferentes lugares possam desfrutar das vantagens que lhes permitam despertar com mais eficácia a atenção do público. Ele conhece as necessidades dos mais débeis membros do Seu rebanho, e envia Sua mensagem tanto pelos caminhos como pelos atalhos. Ele nos ama com amor eterno. Lembremo-nos de que anunciamos uma mensagem de cura a um mundo repleto de almas enfermas de pecado. Ajude-nos o Senhor a aumentar a nossa fé e fazer-nos compreender que Ele quer que todos conheçamos Seu ministério de curar e Sua obra de propiciação! Ele quer que a luz de Sua graça resplandeça de muitos lugares. Sanatórios como centros de evangelização CSa 392 2 Há em muitos lugares almas que ainda não ouviram a mensagem. Por conseguinte, a obra médico-missionária deve ser levada avante com mais zelo que nunca dantes. Essa obra é a porta pela qual a verdade conseguirá entrada nas grandes cidades, e devem ser estabelecidos sanatórios em muitos lugares. CSa 392 3 A obra efetuada pelos sanatórios é um dos meios mais eficazes de atingir todas as classes sociais. Nossos sanatórios são o braço direito do evangelho e abrem caminhos pelos quais a humanidade sofredora pode ser atingida pelas boas novas de restauração mediante Cristo. Nessas instituições podem os enfermos aprender a encomendar o seu caso ao grande Médico,* que cooperará com os seus ardentes esforços para recuperarem a saúde, produzindo-lhes cura tanto espiritual como física. CSa 393 1 Cristo não mais está em pessoa no mundo, para ir de cidade a cidade e de aldeia a aldeia, curando os enfermos; comissionou-os, porém, com o prosseguimento da obra médico-missionário por Ele iniciada. Devemos, nesse sentido, fazer tudo quanto esteja ao nosso alcance. Devem ser fundadas instituições hospitalares onde os enfermos, tantos homens como mulheres, sejam confiados aos cuidados de médicos e enfermeiros tementes a Deus e tratados sem o emprego de drogas. CSa 393 2 Foi-me indicado que a obra a ser feita no tocante à reforma de saúde não deve sofrer atraso algum. Por meio dessa obra é que alcançaremos almas, nos caminhos e valados. Foi-me mostrado muito especialmente que, por meio dos nossos sanatórios, muitas almas receberão a verdade presente e a ela obedecerão. Nessas instituições, tanto homens como mulheres devem ser ensinados a cuidar do próprio corpo, bem como a firmar-se na fé. Deve-se-lhes ensinar a significação de comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Disse Cristo: "As palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. CSa 393 3 Nossos sanatórios devem ser escolas em que o ensino deverá seguir os moldes médico-missionários. Devem dar às almas feridas pelo pecado, as folhas da árvore da vida, que lhes devolverão a paz, a esperança e a fé em Jesus Cristo. A obra nas grandes cidades CSa 393 4 Prossiga a obra do Senhor! Avancem as obras médico-missionária e educativa! Estou certa de que nossa grande necessidade é de obreiros zelosos, abnegados, inteligentes e capazes. A verdadeira obra médico-missionária deve ser representada em cada cidade importante. Perguntem agora muitos: "Senhor que queres que faça?" Atos 9:6. O propósito do Senhor é que Seu método de curar, isento de drogas, seja evidenciado em todas as grandes cidades por meio de nossas instituições médicas. Deus reveste de santa dignidade os que, avançando sempre mais, vão a todo lugar onde possam ter acesso. Satanás dificultará a obra em tudo quanto possa; mas o poder divino acompanhará todos os obreiros fiéis. Guiados pela mão de nosso Pai celestial, prossigamos aproveitando todas as ocasiões de estender a obra de Deus. CSa 394 1 O Senhor fala a todos os médicos-missionários, dizendo-lhes: Ide hoje trabalhar na Minha vinha para ganhar almas. Deus ouve as orações de todos quantos O buscam em verdade. Possui Ele o poder de que todos carecemos. Ele enche o coração de amor, gozo, paz e santidade. O caráter está constantemente sendo formado. Não podemos perder nosso tempo agindo em oposição aos planos divinos. CSa 394 2 Médicos há que, por haverem estado em contato com os nossos sanatórios, têm interesse em residir próximo dessas instituições; fecham os olhos para não verem o vasto campo, negligenciado e inculto, onde o trabalho abnegado produziria bênçãos para muitos. Os missionários médicos podem exercer influência enobrecedora e santificadora. Os que assim não procedem, abusam de suas faculdades, e fazem um trabalho que o Senhor repudia. Preparo para uma obra rápida CSa 394 3 Se alguma vez o Senhor falou por meu intermédio, fá-lo agora ao dizer eu que os obreiros que se dedicam ao ramo da educação, pregação e trabalho médico-missionário, devem andar unidos como um só homem, trabalhando todos sob a direção de Deus, auxiliando-se e abençoando-se mutuamente. CSa 395 1 Os que estiverem relacionados com nossas escolas e sanatórios devem trabalhar com entusiasmo. A obra executada sob o ministério do Espírito Santo e por amor a Deus e à humanidade, receberá o selo divino, e fará impressão na mente humana. CSa 395 2 O Senhor convida os nossos jovens para ingressarem em nossas escolas e prepararem-se rapidamente para o Seu serviço. Devem ser fundadas escolas em vários lugares, fora das cidades, onde os nossos jovens recebam instrução que os prepare para a obra de evangelização e médico-missionária. CSa 395 3 Deve-se conceder ao Senhor a oportunidade de mostrar aos homens o seu dever e influenciar-lhes a mente. Ninguém deve comprometer-se a trabalhar durante determinado número de anos sob a direção de um grupo de homens ou em algum ramo especial da obra do Mestre; porque o próprio Senhor chamará os homens, como o fez com os humildes pescadores, e Ele próprio lhes indicará o seu território de atividades, bem como os métodos que devem seguir. Convidará homens a que deixem o arado e outras ocupações, para fazerem soar a última advertência para as almas que perecem. Há muitas maneiras de trabalhar para o Mestre; o grande Instrutor despertará a inteligência desses obreiros e lhes fará ver em Sua Palavra coisas maravilhosas. Enfermeiros como evangelistas CSa 395 4 Nosso exemplo é Cristo, o grande Médico-Missionário. DEle é dito: "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." Mateus 4:23. Curava os enfermos e pregava o evangelho. Em Sua obra, a cura e o ensino estavam intimamente unidos. Eles não devem ser separados hoje. CSa 396 1 Os enfermeiros que recebem instrução em nossas instituições devem ser preparados para trabalharem como evangelistas médico-missionários, unindo o ministério da palavra à cura física. CSa 396 2 Nossa luz deve brilhar em meio das trevas morais. Alguns dos que hoje estão em trevas, ao perceberem um reflexo da Luz do mundo, verão que para eles existe uma esperança de salvação. Vossa luz talvez seja pequena; lembrai, porém, que Deus é quem vo-la dá e vos considera responsáveis por fazê-la brilhar. Poderá acontecer que alguém acenda na vossa a sua tocha, e a sua luz seja o meio de tirar das trevas outras pessoas. CSa 396 3 Há por toda parte em nosso redor oportunidades para prestarmos serviços. Devemos chegar a conhecer os nossos vizinhos, e esforçar-nos por atraí-los para Cristo. Ao assim procedermos, teremos a Sua aprovação e colaboração. CSa 396 4 A miúdo os moradores de uma cidade onde Cristo havia trabalhado manifestavam o desejo de vê-Lo residir em seu meio e prosseguir trabalhando entre eles. Ele lhes dizia, porém, que Seu dever era ir a outras cidades que não haviam ouvido as verdades que Ele tinha para apresentar. Depois de haver comunicado a verdade aos habitantes de uma localidade, incumbia-os de prosseguirem naquilo que Ele lhes comunicara, e ia a outro lugar. Seus métodos de trabalho devem ser seguidos hoje em dia por aqueles a quem Ele confiou a Sua obra. Devemos ir de um lugar a outro, proclamando a mensagem. Logo que a verdade seja proclamada num lugar, devemos ir advertir outros. Organização de grupos CSa 396 5 Devem ser organizados grupos e instruídos os seus membros cabalmente para se dedicarem ao trabalho como enfermeiros, evangelistas, ministros, colportores e estudantes do evangelho, e aperfeiçoarem o caráter à semelhança divina. Nosso alvo presente deve ser o preparo para receber educação superior na escola celestial. CSa 397 1 Segundo as instruções que o Senhor me deu várias vezes, sei que alguns obreiros deveriam visitar cidades e vilas no desempenho do trabalho médico-missionário. Os que assim procederem ceifarão uma rica messe de almas, tanto das classes mais elevadas da sociedade como das mais humildes. E o caminho para esse trabalho é mais bem preparado pelos esforços dos fiéis colportores. CSa 397 2 Muitos serão chamados para o trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e orando com as pessoas interessadas. CSa 397 3 Aprendam os nossos ministros que adquiriram experiência na pregação da Palavra, a dar tratamentos simples, e trabalharem, então, de maneira judiciosa como evangelistas médico-missionários. Uma obra urgente CSa 397 4 Precisa-se agora de evangelistas médico-missionários. Não podeis dedicar anos ao vosso preparo. Logo, portas que agora estão abertas haverão de fechar-se para sempre. Proclamai a mensagem agora. Não espereis, dando com isso oportunidade a que o inimigo se aposse do campo que está agora ao vosso alcance. Grupos pequenos devem ir fazer o trabalho de que Cristo incumbiu Seus discípulos. Trabalhem como evangelistas, disseminando a nossa literatura, e falando da verdade às pessoas que encontrem. Orem pelos doentes, provendo-lhes as necessidades, não com drogas, mas com remédios naturais, ensinando-lhes a recuperar a saúde e evitar a doença. Deveres e privilégios dos obreiros do sanatório CSa 398 1 A direção de uma instituição tão grande e importante como o sanatório envolve forçosamente grande responsabilidades, tanto em questões temporais como espirituais. É de especial importância que este asilo para os que estão doentes do corpo e da mente seja tal que Jesus, o Médico Poderoso, possa presidir entre eles, e tudo o que for feito esteja sob o controle de Seu Espírito. Todos os que se acham relacionados com esta instituição devem qualificar-se para o fiel desempenho das responsabilidades que lhes foram confiadas por Deus. Devem dedicar-se a cada pequenino dever com a mesma fidelidade dispensada às questões de grande importância. Todos devem estudar de maneira piedosa a forma em que podem tornar-se mais úteis e tornar este refúgio para os doentes um grande sucesso. CSa 398 2 Não imaginamos com que ansiedade os pacientes com as suas várias enfermidades chegam ao sanatório, todos à espera de auxílio, mas duvidosos e desconfiados alguns, enquanto outros estão mais confiantes em que serão aliviados. Os que não visitaram a instituição estão vigiando com interesse toda indicação dos princípios defendidos por seus administradores. CSa 398 3 Todos os que professam ser filhos de Deus devem ter sempre em mente que, em suas atividades, são missionários colocados em contato com todas as espécies de mentes. Haverá o refinado e o grosseiro, o humilde e o orgulhoso, o religioso e o céptico, o confiante e o desconfiado, o liberal e o avarento, o puro e o corrupto, o educado e o ignorante, o rico e o pobre; na verdade, quase toda a espécie de caráter e condição será encontrada entre os pacientes que estão no sanatório. Os que* se dirigem a este refúgio vêm porque necessitam de auxílio; e dessa forma, a despeito de sua situação ou condição, reconhecem eles que não são capazes de auxiliar-se a si mesmos. Essa diversidade de mentes não pode ser tratada de igual maneira; não obstante, quer sejam ricos quer pobres, altos ou baixos, dependentes ou independentes, carecem de bondade, simpatia e amor. Pelo contato mútuo, devem as nossas mentes receber polidez e refinamento. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente ligados pelos laços da fraternidade humana. CSa 399 1 Fazendo-os depender da mútua ajuda, Os servos, os amigos e os senhores, Querem os Céus que um ao outro acuda. Té que em vigor se tornem seus langores. Importância das relações sociais CSa 399 2 É mediante as relações sociais que os cristãos entram em contato com o mundo. Todo homem ou mulher que provou o amor de Cristo e recebeu no coração a iluminação divina, é instado por Deus a fazer brilhar a luz na senda escura dos que desconhecem um caminho melhor. Cada obreiro deste sanatório deve tornar-se uma testemunha de Jesus. O poder social, santificado pelo Espírito de Cristo, deve ser desenvolvido para conquistar almas para o Salvador. CSa 399 3 Aquele que tem de estar em contato com pessoas que diferem tão grandemente em caráter, disposição e temperamento terá dificuldades, perplexidades e atritos, mesmo tendo feito o melhor possível. Poderá ressentir-se com a ignorância, o orgulho e a independência que encontrará; isto, porém, não deve desanimá-lo. Deve permanecer onde ele mandará mais do que será mandado. Firme ao princípio como uma rocha, com uma fé inteligente, deve ele permanecer incontaminado pelas influências que o cercam. O povo de Deus não deve ser transformado pelas várias influências às quais deve forçosamente expor-se; deve antes permanecer firme por Jesus, e mediante o auxílio de Seu Espírito exercer um poder transformador nas mentes deformadas pelos falsos hábitos e contaminadas pelo pecado. A beleza da santidade CSa 400 1 Cristo não deve ser escondido no coração e encerrado como um tesouro oculto, sagrado e delicioso, para ser desfrutado apenas pelo possuidor. Devemos ter a Cristo no coração como uma fonte de água que salta para a vida eterna, refrigerando a todos os que entram em contato conosco. Devemos confessar a Cristo aberta e destemidamente, exibindo em nosso caráter a Sua mansidão, humildade e amor, até que os homens sejam fascinados pela beleza da santidade. A melhor maneira de preservarmos a nossa religião não é como fazemos com os perfumes, engarrafando-os para que a fragrância se não exale. CSa 400 2 Os muitos conflitos e obstáculos com que nos deparamos devem tornar-nos mais fortes e dar estabilidade à nossa fé. Não devemos ser como uma cana agitada pelo vento, por qualquer influência passageira. Aquecidas e revigoradas pelas verdades do evangelho, e refrigeradas pela graça divina, devem as nossas almas descerrar, expandir e espalhar a sua fragrância sobre os outros. Vestidos de toda a armadura de justiça, podemos fazer face a qualquer influência, permanecendo nossa pureza imaculada. CSa 400 3 Devem todos considerar que as reivindicações de Deus para com eles têm a primazia sobre todas as demais. Deus confiou a cada pessoa habilidades para serem desenvolvidas, a fim de que possa ela refletir a glória de seu Doador. Todos os dias se deve fazer algum progresso. Se os obreiros deixam o sanatório da mesma forma como nele entraram, sem fazerem progresso definido, crescendo em conhecimento e energia espiritual, sofreram uma perda. Deus deseja que os cristãos cresçam continuamente -- cresçam até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo. Todos os que não se tornam mais fortes e mais firmemente enraizados e fundamentados na verdade, estão retrocedendo constantemente. Uma luz para o mundo CSa 401 1 Deve-se fazer esforço especial para conseguir os serviços de obreiros conscienciosos e cristãos. É desígnio de Deus que uma instituição de saúde seja organizada e dirigida exclusivamente pelos Adventistas do Sétimo Dia; e ao serem introduzidos descrentes para ocuparem posições de responsabilidade, reina tal influência aí que falará com grande peso contra o sanatório. Deus não tenciona que esta instituição seja dirigida segundo o método de qualquer outra instituição de saúde da Terra, mas que ela seja em Suas mãos uma das mais eficazes instrumentalidades de comunicar a luz ao mundo. Deve ela permanecer com habilidade científica, com poder moral e espiritual, e como uma fiel sentinela da reforma em todos os seus aspectos; e todos os que desempenham nela uma parte, devem ser reformadores, demonstrando respeito para com suas normas, e atentando para a luz da reforma de saúde que agora brilha sobre nós como um povo. CSa 401 2 Todos podem ser uma bênção para outros, caso se coloquem onde representarão corretamente a religião de Jesus Cristo. Mas tem havido mais preocupação em tornar a aparência exterior de toda maneira atraente, para que ela possa ir de encontro às opiniões dos pacientes mundanos, do que em manter uma relação viva com o Céu, vigiar e orar, a fim de que esta instrumentalidade de Deus possa ser inteiramente bem-sucedida em fazer o bem ao corpo, bem como à alma dos homens. Um poder modelador CSa 402 1 Que se pode dizer, e que se pode fazer, para despertar convicção no coração de todos os que se acham relacionados com esta importante instituição? Como podem eles ser levados a ver e sentir o perigo de darem passos errados, a não ser que tenham uma experiência viva nas coisas de Deus? Os médicos encontram-se em posição na qual, exercessem uma influência condizente com sua fé, teriam um poder modelador sobre todos os que estão ligados à instituição. Este é um dos melhores campos missionários do mundo, e todos os que se encontram em posição de responsabilidade devem familiarizar-se com Deus e estar sempre recebendo luz do Céu. ... CSa 402 2 Alguns há que não são o que o Senhor desejaria que fossem. São impulsivos e ásperos, e necessitam da bondosa e modeladora influência do Espírito de Deus. Nunca é cômodo tomar a cruz e seguir no caminho da renúncia; todavia, isto deve ser feito. Deus deseja que todos tenham Sua graça e Seu Espírito para que tornem fragrante sua vida. Alguns são muito independentes, muito auto-suficientes, e não se aconselham com os outros como deviam. ... CSa 402 3 Deve haver, em todos os que têm qualquer influência no sanatório, conformação com a vontade de Deus, humilhação do eu, e predisposição do coração para a preciosa influência do Espírito de Cristo. O ouro provado no fogo representa o amor e a fé. Muitos se acham quase destituídos de amor. A presunção lhes cega os olhos para as suas grandes necessidades. Existe uma real necessidade de conversão diária a Deus, de uma experiência nova e profunda e igualmente diária na vida religiosa. CSa 402 4 Deve-se despertar no coração dos médicos, em especial, um desejo mais ardente de obter aquela sabedoria que somente Deus pode comunicar; pois tão logo se tornam confiantes em si mesmos, são entregues à sua própria sorte, para seguirem os impulsos do coração não santificado. Quando vejo o que estes médicos podem tornar-se, ligados a Cristo, e o que deixarão de ser se a Ele se não unirem diariamente, sinto-me cheia de apreensão pelo fato de estarem eles satisfeitos em alcançar uma norma mundana e não possuírem nenhum desejo ardente, nenhuma fome e sede das belezas da santidade, ornamento de um espírito manso e quieto, que é de grande valor aos olhos de Deus. CSa 403 1 A paz de Cristo, a paz de Cristo -- não a pode comprar o dinheiro, o talento brilhante não a pode obter, não pode consegui-la o intelecto; é dom de Deus. A religião de Cristo! Como poderei fazer com que todos entendam sua grande perda caso deixem de pôr em prática os seus princípios na vida diária? A mansidão e humildade de Cristo é a força do cristão. Na verdade, é mais preciosa do que todas as coisas que o gênio pode criar ou a riqueza comprar. Dentre todas as coisas ambicionadas, acariciadas e cultivadas, nenhuma há de tanto valor aos olhos de Deus como um coração puro, uma disposição impregnada de gratidão e paz. CSa 403 2 Se no coração existir a harmonia divina da verdade e do amor, ela se refletirá nas palavras e nos atos. O mais cuidadoso cultivo das boas maneiras exteriores e cortesias da vida não possui poder suficiente para fechar a porta a toda impaciência, crítica rude e palavra inconveniente. O espírito de genuína bondade deve habitar no coração. O amor comunica ao seu possuidor graça, boas maneiras e beleza de comportamento. O amor aformoseia o rosto e abranda a voz; refina e eleva o homem todo. Põe-no em harmonia com Deus, pois é um atributo celestial. CSa 403 3 Muitos estão em perigo de pensar que nas responsabilidades do trabalho, escrevendo e desempenhando as funções de médico, ou desincumbindo-se dos deveres dos vários departamentos, são desculpados se deixarem de orar, negligenciarem o sábado e forem descuidados para com os serviços religiosos. Dessa forma, as coisas espirituais são rebaixadas para ir ao encontro de sua conveniência, enquanto os deveres, a abnegação e as cruzes ficam sem ser tocadas. Nem os médicos nem os auxiliares devem procurar realizar seu trabalho sem tomar tempo para orar. Deus gostaria de ser o auxiliador de todos os que professam amá-Lo, se estes viessem a Ele com fé e, sentindo a sua própria debilidade, implorassem seu poder. Ao se separarem de Deus, sua sabedoria se tornará em loucura. Ao se sentirem pequenos aos próprios olhos e se confiarem inteiramente ao seu Deus, então Ele será o braço do seu poder, e o sucesso acompanhará os seus esforços; quando, porém, permitem que a mente se afaste de Deus, Satanás assume o poder e controla os pensamentos e perverte o discernimento. ... CSa 404 1 Irmãos, peço-vos que vos volvais tendo em vista apenas a glória de Deus. Tornai Seu poder vossa dependência, Sua graça vossa força. Pelo estudo das Escrituras e oração fervorosa, procurai obter clara percepção de vosso dever, e executai-o depois fielmente. É necessário que cultiveis a fidelidade nas pequeninas coisas, e ao assim fazerdes adquirireis o hábito da integridade nas responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária passam-nos, muitas vezes, despercebidos, mas são estas coisas que moldam o caráter. Cada acontecimento da vida é importante para o bem ou para o mal. A mente precisa ser educada pelas provas diárias, a fim de que possa obter poder para ficar firme em qualquer situação difícil. Nos dias de prova e perigo precisareis ser fortalecidos para permanecer firmemente ao lado do direito, a despeito de todas as influências contrárias. Avançar no conhecimento CSa 404 2 Deus está desejoso em fazer muito em vosso favor, se tão-somente sentirdes vossa necessidade dEle. Jesus vos ama. Procurai sempre andar na luz da sabedoria de Deus; e através de todas as mutáveis cenas da vida, não descanseis até que saibais estar a vossa vontade em harmonia com a do vosso Criador. Por meio da fé nEle, podereis obter força para resistir a toda tentação de Satanás, e dessa forma crescer em poder moral a cada prova vinda de Deus. CSa 405 1 Se, no poder de vossa vontade, unido ao poder divino, vos empenhardes na obra de maneira zelosa, podereis tornar-vos homens de responsabilidade e influência. Exercitai as energias mentais, e sob hipótese alguma negligencieis as energias físicas. Não permitais que a indolência intelectual vos obstrua o caminho para conhecimentos mais avançados. Aprendei tanto a refletir como a estudar, a fim de que vossa mente possa ampliar-se, fortalecer-se e se desenvolver. Jamais penseis que aprendestes o suficiente e que podeis agora diminuir os vossos esforços. A mente desenvolvida constitui a medida do homem. Vossa educação deve continuar por toda a existência; cada dia deveis estar aprendendo e pondo em prática o conhecimento adquirido. CSa 405 2 Cresceis em verdadeira dignidade e valor moral ao praticardes a virtude e abrigardes no coração e na vida a retidão. Não permitais seja o vosso caráter atingido pela mácula da lepra do egoísmo. Uma alma nobre, de parceria com um intelecto aperfeiçoado, tornar-vos-á homens a quem Deus usará em posições de sagrada confiança. CSa 405 3 Deve constituir obra precípua de todos os que se acham relacionados com esta instituição serem eles próprios retos diante de Deus, e depois, no poder de Cristo, permanecerem inatingidos pelas influências errôneas às quais estarão expostos. Se fizerem dos amplos princípios da Palavra de Deus o fundamento do caráter, poderão eles estar rodeados por quaisquer influências deletérias, onde quer que o Senhor em Sua providência os chame, e contudo não se desviarem do caminho da retidão. Alegria CSa 406 1 Em sanatórios e hospitais, onde as enfermeiras estão em relações constantes com grande número de doentes, requer-se um esforço decidido para se manterem sempre de bom humor e alegres, e manifestarem uma consideração inteligente em cada palavra e em cada ato. Nestas instituições é da máxima importância que as enfermeiras se esforcem por desempenhar seu trabalho com sabedoria e acerto. Necessitam lembrar-se constantemente de que no cumprimento dos seus deveres cotidianos estão servindo a Jesus Cristo. Uma mente ágil CSa 406 2 Os doentes têm necessidade de que se lhes digam sábias palavras. As enfermeiras devem estudar a Bíblia diariamente, para que se possam habilitar a pronunciar palavras que iluminem e auxiliem o sofredor. Os anjos de Deus estão nos quartos onde tais doentes são tratados, e a atmosfera que rodeia a alma de quem dá o tratamento será pura e fragrante. Médicos e enfermeiras devem nutrir os princípios de Cristo. Suas virtudes se devem manifestar na vida dos mesmos. Então, mediante o que dizem e fazem, atrairão o doente ao Salvador. CSa 406 3 Enquanto aplica o tratamento para restauração da saúde, a enfermeira cristã, de maneira agradável e com êxito, atrairá o espírito do paciente para Cristo, o médico da alma da mesma maneira que do corpo. Os pensamentos apresentados, um pouco aqui, um pouco ali, exercerão sua influência. As enfermeiras de mais idade não deverão perder ensejo favorável de chamar a atenção do doente para Cristo. Elas devem estar sempre preparadas para misturar a cura espiritual com a física. CSa 406 4 Pela mais bondosa e terna maneira, cumpre à enfermeira ensinar que aquele que se quer curar precisa deixar de* transgredir a lei de Deus. Necessita deixar de preferir uma vida de pecado. Deus não pode abençoar aquele que continua a trazer sobre si mesmo doença e sofrimento por uma voluntária violação das leis do Céu. Mas Cristo, mediante o Espírito Santo, vem, como um poder que cura, aos que deixam de fazer o mal e aprendem a praticar o bem. A eficiência depende do vigor CSa 407 1 A eficiência da enfermeira depende em grande parte do seu vigor físico. Quanto mais robusta, tanto mais estará apta a suportar a fadiga no tratamento do enfermo e a cumprir com bom êxito os seus deveres. Os que cuidam dos doentes devem prestar particular atenção à dieta, limpeza, ar puro e exercício. Precauções especiais da parte da família permitir-lhe-ão também suportar as fadigas suplementares trazidas sobre ela e auxiliá-la-ão a evitar o contágio da doença. ... CSa 407 2 As enfermeiras, e as pessoas que entram no quarto do doente, devem se dominar, ser calmas e animosas. Evite-se toda pressa, nervosismo ou confusão. As portas devem ser abertas e fechadas sem ruído e toda a casa deve estar tranqüila. Em casos de febre, necessita-se de especial atenção ao vir a crise e a febre estar declinada. É muitas vezes necessária uma constante vigilância. A ignorância, esquecimento e negligência causaram a morte de muitas pessoas que teriam vivido se houvessem recebido o conveniente cuidado de uma enfermeira judiciosa e inteligente. -- Idem, 221, 222. Integridade entre os obreiros CSa 408 1 Os auxiliares do sanatório não devem sentir-se livres para apoderar-se, para uso particular, de artigos alimentícios oferecidos aos pacientes. De modo especial, a tentação é forte em condescender com coisas permitidas aos recém-chegados, os quais devem ser aos poucos induzidos a corrigir hábitos perniciosos. Alguns obreiros, à semelhança dos filhos de Israel, permitem que o apetite pervertido e os antigos hábitos de condescendência clamem por vitória. Como o antigo Israel, anseiam eles pelos alhos e as cebolas do Egito. Todos os que se acham ligados com esta instituição devem seguir estritamente as leis da vida e da saúde, não dando, dessa forma, por seu exemplo, nenhum apoio aos hábitos errôneos dos outros, os quais tornaram necessária a vinda deles ao sanatório em busca de alívio. CSa 408 2 Os empregados não têm nenhum direito de servir-se de bolachas, nozes, passas, tâmaras, açúcar, laranjas ou frutas de qualquer espécie; pois em primeiro lugar, ao comerem essas coisas entre as refeições, como geralmente fazem, estão prejudicando os órgãos digestivos. Nenhum alimento deve ser posto na boca entre as refeições. Além disso, os que participam destas coisas estão apropriando-se daquilo que lhes não pertence. A tentação de provarem o alimento que estão manuseando está sempre diante deles; e aí está uma excelente oportunidade de adquirirem o controle do apetite. O alimento, entretanto, parece estar sobrando, e eles se esquecem de que tudo isso representa grande valor em dinheiro. Um e outro condescende irrefletidamente com o hábito de provar e se servir, até imaginarem não haver nenhum pecado real na prática. CSa 408 3 Evitem todos acariciar esta maneira de ver o assunto, pois a consciência está assim perdendo a sua sensibilidade. Alguém poderá arrazoar: "O pouco que eu usei não tem muita* importância", mas surge a pergunta: A pequena quantidade, diminui o pecado do ato? Além disso, o pouco que a pessoa usa pode não representar muito, mas quando cinco agem no mesmo sentido, cinco pequenas quantidades são usadas. Em seguida dez, vinte, ou mais, podem pensar da mesma forma, até que cada dia, em prejuízo próprio, venham os obreiros apoderar-se de muitas pequenas quantidades das quais não têm o direito de apropriar-se. Várias quantidades pequenas, tornam-se muitas no fim. A maior perda, porém, sofrem-na os que se desviam do caminho, pois estão violando os princípios do direito e aprendendo a encarar a infidelidade nas pequenas coisas como não sendo nenhuma transgressão. Esquecem-se das palavras de Cristo: "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito." Lucas 16:10. CSa 409 1 Quando se faz um esforço para corrigir essas práticas, é isso geralmente recebido como uma indicação de mesquinhez da parte dos dirigentes; e alguns não efetuarão nenhuma mudança, mas continuarão endurecendo a consciência, até que esta se torna cauterizada como se o fora por um ferro quente. Opõem-se a qualquer restrição, e agem e falam desafiadoramente, como se seus direitos houvessem sido violados. Mas Deus considera todas estas coisas como roubo, e dessa forma é levado o registro para o Céu. CSa 409 2 Toda fraude e dolo são proibidos na Palavra de Deus. O roubo direto e a falsidade clara não são pecados nos quais as pessoas de respeitabilidade estão em perigo de cair. É a transgressão nas pequenas coisas o que primeiro afasta de Deus a alma. Pelo único pecado de participarem do fruto proibido, Adão e Eva abriram as comportas da desgraça sobre o mundo. Alguns podem considerar essa transgressão como uma coisa muito insignificante; vemos porém, que suas conseqüências foram tudo, exceto pequenas. Os anjos do Céu têm uma esfera de ação mais ampla e mais elevada do que nós; mas o direito para eles e para nós é uma e a mesma coisa. CSa 410 1 Os dirigentes do sanatório não são movidos por um espírito mesquinho e estreito ao reprovarem os erros mencionados, e exigirem o que é devido a uma instituição tal. Não é descer da dignidade própria preservar os interesses do sanatório neste sentido. Os diretores que são, eles próprios, fiéis, cuidarão naturalmente da fidelidade em outros. Completa integridade deve nortear a conduta dos diretores e deve aplicar-se a todos que trabalham sob sua direção. CSa 410 2 Os homens de princípios não necessitam da restrição das fechaduras e das chaves; não precisam ser vigiados e guardados. Eles procederão verdadeira e honestamente em todo o tempo -- sozinhos, sem olho algum a observá-los, bem como em público. Não trarão mácula alguma à sua alma por qualquer parcela de lucro ou vantagem egoísta. Desdenham do ato mesquinho. Embora nenhum outro pudesse saber isso, eles próprios o saberiam, e isto destruiria o seu respeito próprio. Os que não são conscienciosos e fiéis nas coisas pequenas não se reformariam, se houvesse leis, restrições e penalidades sobre o assunto. ... CSa 410 3 Os que não vencem nas pequeninas coisas não terão força moral para resistir as tentações maiores. Todos os que procuram fazer da honestidade o princípio dominante nos assuntos diários da vida, necessitam estar em guarda para que não cobicem nenhuma "prata, nem ouro, nem vestes". Enquanto estiverem contentes com o alimento e o vestuário apropriados, considerarão um problema fácil guardar o coração e as mãos do vício da cobiça e desonestidade. ... CSa 410 4 Os que se acham empregados em nosso sanatório têm em muitos sentidos melhores vantagens para a formação de hábitos corretos. Ninguém será colocado fora do alcance da tentação; pois em todos os indivíduos há pontos fracos que estão em perigo quando assediados. ... Todos devem sentir a necessidade de manter a natureza moral estimulada por constante vigilância. Quais fiéis sentinelas, devem eles guardar a cidadela da alma, sem jamais achar que podem relaxar sua vigilância por um momento sequer. Na oração fervente e fé viva está a sua única salvaguarda. CSa 411 1 Os que começam a descuidar-se de seus passos, notarão que antes de terem disto conhecimento, seus pés são enredados em uma trama da qual lhes é impossível livrar-se. Devem todos possuir como princípio fixo ser verdadeiros e honestos. Sejam ricos ou pobres; tenham amigos ou sejam abandonados; venha o que vier, devem eles resolver no poder de Deus que nenhuma influência os levará a cometer o menor ato errado. Devem todos compreender que deles, individualmente, depende em certa medida a prosperidade do sanatório. Firmeza CSa 411 2 Deve a mente ser exercitada por meio de provas diárias a hábitos de fidelidade, a um senso das reivindicações do direito e do dever acima da inclinação e do prazer. As mentes assim exercitadas não hesitam entre o certo e o errado, como o junco oscila ao vento; mas tão logo se lhes apresente o assunto discernem imediatamente que o princípio está envolvido, e instintivamente escolhem o direito sem discutir o assunto por muito tempo. São leais porque se exercitaram para hábitos de fidelidade e verdade. -- Testimonies for the Church 3:22 (1872). Um quadro sombrio CSa 412 1 Quando me foi apresentada em visão a condição do sanatório, pareceu-me ser conduzida de quarto em quarto, por um anjo de Deus, aos diversos compartimentos. A conversação que se me fez ouvir no quarto dos auxiliares não era de molde a elevar e fortalecer o intelecto ou a moral. As palavras frívolas, os gracejos tolos, as risadas sem sentido, vinham entristecedoramente aos ouvidos. ... CSa 412 2 Espantei-me ao ver satisfeita a inveja, e atentei para as palavras de ciúme, as expressões descuidadas, que deixavam envergonhados os anjos de Deus. Foram anotadas as palavras, os atos e os motivos. E quão pouco essas cabeças levianas, superficiais, e corações endurecidos, compreendiam que um anjo de Deus permaneceu à porta, registrando a maneira em que esses preciosos momentos eram empregados! Deus trará à luz cada palavra e ato. Ele está em todos os lugares. Estes mensageiros, embora invisíveis, são visitantes dos quartos de dormir. As obras ocultas das trevas serão trazidas à luz. Os pensamentos, as intenções e propósitos do coração, serão postos a descoberto. Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar. CSa 412 3 Fui conduzida a uns poucos quartos dos quais surgia a voz da oração. Quão bem-vindo era o som! Uma brilhante luz cintilava na face de meu guia enquanto sua mão registrava cada palavra da petição. "Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos às suas orações." 1 Pedro 3:12. Crítica desagradável CSa 412 4 De outros quartos ainda vinham as mais desagradáveis piadas sujas e palavras vãs. Alguns faziam zombaria das pessoas* e imitavam até as palavras proferidas em reuniões; coisas sagradas serviam de objeto de zombaria. Moços e moças eram severamente criticados; falava-se demoradamente sobre o namoro e o casamento de maneira baixa e reprovável. Raramente se dizia uma palavra séria; a conversação era de molde a aviltar a mente e corromper a moral, e todos iam para o leito sem se recomendarem a Deus. Ondas de influência CSa 413 1 Podeis nunca saber os resultados de vossa influência diária, mas estai certos de que a exerceis para bem ou para mal. Muitos que possuem um coração bondoso e bons impulsos, permitem que sua atenção seja absorvida pelos assuntos e prazeres mundanos, enquanto as almas que para eles atentam em busca de guia são levadas pela corrente a naufrágio desesperador. Tais pessoas podem possuir uma profissão de fé elevada, e achar-se bem conceituadas na opinião dos homens, mesmo como cristãos, mas no dia de Deus, quando as nossas obras irão ser comparadas com a lei divina, será descoberto que não atingiram a norma. Outros que viram a sua conduta degradaram-se um pouco mais do que eles, e outros ainda se aviltaram mais do que esta última classe, e dessa maneira a obra de degenerescência prosseguiu. CSa 413 2 Atirai um seixo ao lago e se formará uma onda, depois outra e outra mais; e à medida que estas aumentam, amplia-se o círculo até alcançarem elas toda a praia. De igual maneira, nossa influência, embora aparentemente insignificante, pode ir muito além do nosso conhecimento ou controle. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1882. A influência dos companheiros CSa 414 1 Em nossas instituições, onde muitos trabalham juntos, bem grande é a influência dos companheiros. É natural buscar companheirismo. Todos encontrarão companheiros ou os farão. E exatamente na medida da força da amizade, será o grau de influência exercida pelos amigos uns nos outros, para bem ou para mal. Todos terão amigos, e influenciarão e serão influenciados. CSa 414 2 Misterioso é o laço que liga entre si os corações humanos, de modo que os gostos, os sentimentos e os princípios das duas pessoas ficam intimamente associados. Um apanha o espírito e copia as maneiras e as ações do outro. Como a cera toma a forma do sinete, assim a mente recebe a impressão produzida pelo intercâmbio e o convívio. Talvez a influência seja inconsciente, todavia não será menos poderosa. CSa 414 3 Fosse a juventude persuadida a associar-se com os puros, os refletidos e amáveis, muito salutar seria o efeito. Caso se escolham companheiros que temam ao Senhor, a influência induzirá à verdade, ao dever, à santidade. Uma vida verdadeiramente cristã é uma força para o bem. Por outro lado, porém, os que se acompanham com homens e mulheres de moral duvidosa, ou de maus costumes e princípios, dentro em breve estarão andando nos mesmos caminhos. As tendências do coração natural são descendentes. Os que convivem com os cépticos tornar-se-ão em breve cépticos também; os que preferem a companhia dos vis, com certeza se tornarão vis por sua vez. Andar no conselho dos ímpios é o primeiro passo para deter-se no caminho dos pecadores e sentar-se na roda dos escarnecedores.* Escolhei associações nobres CSa 415 1 Ora, todos os que quiserem formar um caráter reto, escolham companheiros de uma séria e refletida disposição de espírito, e que tenham inclinação religiosa. Os que fizeram as contas, e desejam construir para a eternidade, devem pôr bom material nessa construção. Se aceitam vigas apodrecidas, se se contentam com as deficiências do caráter, o edifício está condenado à ruína. Cuidem todos na maneira por que edificam. A tempestade da tentação se abaterá sobre a casa, e a menos que ela esteja firme e fielmente construída, não resistirá à prova. CSa 415 2 O bom nome é mais precioso do que o ouro. Há da parte dos jovens a tendência de se associarem com outros de espírito e moral inferiores. Que satisfação real pode uma pessoa jovem esperar da voluntária ligação com outras de baixa norma nas idéias, nos sentimentos e na conduta? Alguns têm gostos corrompidos e hábitos depravados, e todos quantos buscam tais companheiros seguir-lhes-ão o exemplo. Vivemos em tempos de perigos de molde a fazer temer o coração de todos. Vemos o espírito de muitos errando pelo labirinto do cepticismo. As causas são ignorância, orgulho, um caráter defeituoso. Dura é, para o coração do homem caído, a lição da humildade. Há algo no coração humano que se insurge contra a verdade revelada quanto aos assuntos relacionados com Deus e os pecadores, a transgressão da lei divina e o perdão mediante Cristo. Estudai as escrituras CSa 415 3 Irmãos e irmãs, velhos e jovens, quando tiverdes uma hora de lazer, abri a Bíblia e entesourai na mente suas preciosas verdades. Quando empenhados no trabalho, guardai a mente, conservai-a firme em Deus, falai menos e meditai mais. Lembrai-vos de que: "De toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo." Mateus 12:36. Escolhei as palavras; isto fechará uma porta ao adversário de vossas almas. Que o dia comece com oração; trabalhai como diante de Deus. Seus anjos se acham sempre ao vosso lado, anotando vossas palavras, vosso comportamento, e a maneira em que fazeis o serviço. Caso vos desvieis do bom conselho, e prefirais associar-vos com os que tendes razão de suspeitar que não se inclinam para a religião, embora professem cristianismo, tornar-vos-eis em breve semelhantes a eles. Colocais-vos no caminho da tentação, no campo de batalha de Satanás e, a menos que estejais continuamente em guarda, sereis vencidos por seus ardis. Pessoas há que por algum tempo professaram ser religiosas, e que estão, para todos os intentos e propósitos, sem Deus e sem uma consciência sensível. São vãs e frívolas; sua conversa é de baixo teor. O namoro e o casamento lhes ocupam o espírito, com exclusão dos pensamentos mais elevados e nobres. CSa 416 1 As companhias escolhidas pelos obreiros estão-lhes decidindo o destino para esse mundo e o outro. Alguns que dantes eram conscienciosos e fiéis, têm mudado lamentavelmente; desligaram-se de Deus, e Satanás os tem seduzido para o seu lado. São agora irreligiosos e irreverentes, e exercem influência sobre outros facilmente moldáveis. As más companhias estão deteriorando o caráter; os princípios estão sendo minados. "Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos loucos achar-se-á mal." Provérbios 13:20 (TB). Evitai o flerte CSa 416 2 Os jovens se acham em perigo; são, porém, cegos para discernir as tendências e resultado da direção que seguem. Muitos deles empenham-se em flertes. Parecem absorvidos. Nada há de nobre, digno, ou sagrado nessas amizades; como são suscitadas por Satanás, a influência delas é de molde a agradar-lhe, a ele. As advertências dadas a essas pessoas, caem em ouvidos moucos. São obstinadas, voluntariosas, desafiantes. Acham que a advertência, o conselho, ou a reprovação, não se aplicam a eles. Não se preocupam absolutamente com o rumo que estão seguindo. Estão-se continuamente separando da luz e do amor de Deus. Perdem todo o discernimento das coisas sagradas e eternas; e conquanto observem uma seca forma de deveres cristãos, não põem o coração nesses exercícios religiosos. Inteiramente tarde hão de essas almas iludidas compreender que "estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem". Mateus 7:14. CSa 417 1 Acham-se registradas as palavras, as ações, os motivos; quão pouco, porém, compreendem essas cabeças leves, superficiais, e esses corações duros, que um anjo de Deus está escrevendo a maneira em que são empregados seus preciosos momentos! Deus trará à luz toda palavra e toda ação. Ele está em toda parte. Embora invisíveis, Seus mensageiros visitam-nos na sala de trabalho, no quarto de dormir. Ao obras ocultas das trevas, serão trazidas à luz. Revelados serão os pensamentos, os intentos e desígnios do coração. Todas as coisas se acham claras e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar. CSa 417 2 Os obreiros devem levar Jesus para todo departamento de trabalho. Seja o que for que seja feito, deve ser executado com uma exatidão e esmero que resista à inspeção. O coração deve estar na obra. A fidelidade é tão essencial nos deveres comuns da vida, como nesses que envolvem maior responsabilidade. Talvez alguns concebam a idéia de que seu trabalho não é enobrecedor; ele, porém, será justamente aquilo que o quiserem tornar. Unicamente eles podem rebaixar ou elevar sua ocupação. Quiséramos que todo zangão fosse compelido a labutar para ganhar o pão de cada dia; pois o trabalho é uma bênção, não uma maldição. O labor diligente guardar-nos-á de muito laço de Satanás, que "ainda encontra alguma maldade para as mãos ociosas". Não vos envergonheis do trabalho CSa 418 1 Nenhum de nós deve envergonhar-se do trabalho, por mais servil e menor que pareça. O trabalho é enobrecedor. Todos quantos labutam com a cabeça ou com as mãos, são homens e mulheres de trabalho. E todos honram tanto sua religião lidando no tanque de lavar roupa ou na pia dos pratos, como o fazem quando vão às reuniões. Enquanto as mãos se encontram ocupadas nos serviços mais comuns, a mente pode ser elevada e enobrecida por pensamentos santos e puros. Quando qualquer dos obreiros manifesta falta de respeito pelas coisas religiosas, deve ser desligado da obra. Ninguém pense que a instituição depende deles. CSa 418 2 Os que têm estado por muito tempo trabalhando em nossas instituições deviam ser agora obreiros de responsabilidade, de confiança em todo lugar, tão fiéis ao dever como a bússola ao pólo. Houvessem eles empregado devidamente suas oportunidades, e teriam agora caráter harmônico e uma profunda e viva experiência nas coisas religiosas. Mas alguns deles se separaram de Deus. A religião é posta de lado. Não é um princípio arraigado, cuidadosamente nutrido onde quer que vão, seja qual for a sociedade a que sejam lançados, e que se demonstra uma âncora para a alma. Quero que todos os obreiros considerem atentamente, que o êxito nesta vida, bem como em alcançar a vida futura, depende em alto grau da fidelidade nas coisas pequeninas. Os que anseiam maiores responsabilidades, devem-se mostrar fiéis no cumprimento dos deveres que têm justamente onde Deus os colocou. CSa 419 1 A perfeição da obra de Deus é tão claramente vista nos mais pequenos insetos, como no rei dos pássaros. A alma da criancinha que crê em Cristo é tão preciosa à Sua vista, como o são os anjos que Lhe rodeiam o trono. "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:48. Como Deus é perfeito em Sua esfera, assim pode o homem o ser na sua. Tudo quanto as mãos acharem para fazer, deve ser executado com exatidão e rapidez. A fidelidade e a integridade nas coisas pequenas, o cumprimento dos pequenos deveres e a prática de diminutos atos de bondade, animarão e darão alegria no caminho da vida; e quando findar nossa obra na Terra, todos os deverezinhos cumpridos com fidelidade serão apreciados diante de Deus quais jóias preciosas. Em nossas escolas CSa 419 2 Enfermeiras missionárias devem receber em nossas escolas lições de médicos competentes, aprendendo, como parte de seu preparo, a maneira de combater as doenças e mostrar o valor dos remédios naturais. Esta obra é grandemente necessária. Cidades e vilas se acham embebidas no pecado e na corrupção moral; todavia existem Lós em toda Sodoma. O veneno do pecado está em operação no âmago da sociedade, e Deus pede reformadores que fiquem em defesa da lei estabelecida por Ele para reger o organismo físico. Ao mesmo tempo eles devem manter elevada norma no preparo da mente e na cultura do coração, a fim de que o Grande Médico possa cooperar com a mão ajudadora do homem em realizar uma obra de misericórdia e necessidade no alívio aos sofredores. -- Testemunhos Selectos 2:416, 417. Falta de economia CSa 420 1 Ao levar-me meu guia através dos diversos compartimentos, a falta de economia reinante encheu-me a alma de pesar, pois eu estava plenamente inteirada do débito que pesava sobre a instituição. As pequeninas desonestidades, as negligências egoístas do dever, foram anotadas pelo anjo relator. Os desperdícios aqui e ali, perfazem, no decorrer de um ano, considerável soma. Muitos deles poderiam ser poupados pelos auxiliares; cada qual, porém, dirá: "Não me compete olhar para estas coisas." Tratariam estas coisas com tanto indiferentismo, devessem eles próprios sofrer a perda? Não, saberiam exatamente o que fazer e como fazê-lo; toda diferença está, pois, em que pertence à instituição. Este é o fruto do egoísmo e é registrado contra eles sob o título de infidelidade. CSa 420 2 Vi no refeitório e na cozinha, sinais de negligência e descuido. O soalho não estava limpo, e havia uma grande falta de perfeição, esmero e ordem. A todos os que têm acesso a essas dependências, falam elas do caráter dos obreiros. Não se dava a impressão de que o sanatório tinha uma classe de auxiliares de bom gosto, fiéis e bem organizados. Alguns têm trabalhado fielmente, enquanto outros têm feito o seu trabalho maquinalmente, como se não tivessem outro interesse nele a não ser terminá-lo o mais rápido possível. A ordem e a perfeição eram negligenciadas, porque ninguém estava perto para vigiá-los e criticar seu trabalho. Escreveu-se a infidelidade junto aos seus nomes. CSa 420 3 A enfermeira-chefe olhou para as mesmas coisas que eu vi, mas passou por elas com naturalidade e parecia não ter nenhuma compreensão do verdadeiro estado de coisas. Observei uns poucos procurando mudar as coisas para melhor e* apelando por um fiel cumprimento do dever; levantou-se, porém, um protesto indignado, e se fizeram os mais implacáveis ataques aos que se aventuraram a tomar esta responsabilidade. Faziam-se desagradáveis observações em abundância, e se permitiam sentimentos de ciúme e inveja, e os que deveriam ter sido verdadeiros e fiéis encontraram tantos contrários a eles que foram compelidos a deixar as coisas continuarem como dantes. Estes são alguns dos males existentes no sanatório. Nossa influência CSa 421 1 Todo ato de nossa vida afeta outros para bem ou para mal. Nossa influência tende para elevar ou para rebaixar; ela é experimentada, posta em prática e, em maior ou menor escala, reproduzida por outros. Caso por nosso bom exemplo ajudemos outros no desenvolvimento de bons princípios, damos-lhes poder para fazer o bem. Por sua vez, eles exercem a mesma influência benéfica sobre outros, e assim centenas e milhares são afetados por nossa inconsciente influência. Se, por nossos atos, fortalecemos ou impelimos à atividade as faculdades más dos que nos rodeiam, partilhamos de seu pecado, e teremos de dar contas pelo bem que lhes poderíamos ter feito e não fizemos, porque não tornamos Deus a nossa força, nosso guia e conselheiro. -- Testemunhos Selectos 1:207. Necessitais de oportunidade para o aperfeiçoamento cristão CSa 422 1 Nenhuma alma pode prosperar sem tomar tempo para orar, para pesquisar as Escrituras; e, na medida do possível, devem todos ter o privilégio de assistir ao culto público. Necessitam todos de preservar o óleo da graça em suas vasilhas com as suas lâmpadas. Mais do que todos os outros, os obreiros que são colocados em convívio com os mundanos necessitam ter diante deles a Jesus, para que possam contemplar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O elemento ímpio ao qual estão expostos torna necessário que lhes seja imposto trabalho pessoal. Quem pode relacionar-se intimamente com esses pacientes, ouvi-los falar, respirar a atmosfera que lhes rodeia a alma, sem correr algum risco? Devem-se exercer sempre influências neutralizantes para que, pelas seduções de Satanás, o elemento mundano não afaste os corações de Deus. Jamais permitais que as classes mundanas sejam honradas, e que lhes seja tributada maior deferência do que aos que amam a Deus e se estão esforçando para fazer a Sua vontade. CSa 422 2 Os que, por qualquer motivo, são obrigados a trabalhar no sábado, estão sempre em perigo; sentem a perda, e, de tanto fazerem trabalhos necessários, acabam caindo no hábito de realizarem no sábado coisas que não são necessárias. Perde-se o senso de sua santidade, e o santo mandamento torna-se sem nenhum efeito. Deve-se fazer um esforço especial no sentido de efetuar uma reforma com respeito à observância do sábado. Os obreiros do sanatório nem sempre fazem por si mesmos o que é seu privilégio e dever. Muitas vezes sentem-se tão cansados que se tornam desencorajados. Isto não devia acontecer. A alma só pode ser rica em graça quando habita na presença de Deus. Deus é o grande proprietário do sanatório, do* escritório da Review and Herald, da Pacific Press, de nossos colégios. Em todas essas instituições devem os gerentes receber sua orientação do alto. E por mais fortes que sejam as tentações que sobrevenham pela associação com os infiéis, deve-se exercer o maior cuidado no sentido de colocar os obreiros em íntima ligação com Cristo e as influências dEle procedentes. Sua Palavra deve ser nosso guia em tudo; e se vier a pobreza pelo fato de nos apegarmos a um claro "Assim diz o Senhor", devemos a ele ater-nos, mesmo com a perda de todas as demais coisas. É melhor ser pobre nas coisas temporais e continuar com Cristo, e ser alimentados por Sua Palavra, que é espírito e vida. "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Mateus 4:4. O mundo pode sorrir ao lhe dizermos isto, mas é a palavra do Filho de Deus. Diz Ele: "Quem come a Minha carne [a palavra que Cristo nos fala] ... tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:54. CSa 423 1 Nem sempre podemos estar de joelhos em oração, mas o caminho para o trono da graça está sempre aberto. Enquanto empenhados em trabalho ativo, podemos suplicar auxílio; e Aquele que nos não decepciona, promete-nos: "E recebereis." O cristão pode encontrar tempo para orar e o encontrará. Daniel era homem de Estado; pesadas responsabilidades repousavam sobre ele; contudo, três vezes ao dia orava a Deus, e o Senhor lhe deu o Espírito Santo. Da mesma forma, podem os homens hoje recorrer ao pavilhão do Altíssimo e sentir a certeza de Sua promessa: "O Meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso." Isaías 32:18. Todos os que realmente desejarem poderão encontrar um lugar para comunhão com Deus, onde nenhum ouvido pode ouvir senão aquele que se encontra atento aos rogos dos fracos, aflitos e necessitados -- Aquele que observa mesmo a queda de um pequenino pardal. Diz Ele: "Mais valeis vós do que muitos passarinhos." Mateus 10:31. CSa 424 1 Se permitirmos que o acúmulo de trabalho nos demova do nosso propósito de buscar ao Senhor diariamente, cometeremos os maiores erros; sofreremos perdas, pois o Senhor não está conosco; fechamos a porta de tal maneira que Ele não pode achar acesso às nossas almas. Se, porém, orarmos mesmo quando as nossas mãos estão ocupadas, os ouvidos do Salvador estão abertos para ouvir as nossas petições. Se estivermos determinados a não nos separarmos da Fonte de nossa força, Jesus estará igualmente determinado a permanecer à nossa direita para auxiliar-nos, para que não sejamos postos por opróbrio diante dos nossos inimigos. A graça de Cristo pode realizar em nosso favor aquilo que todos os nossos esforços seriam incapazes de fazer. Os que amam e temem a Deus podem estar rodeados de muitos cuidados, e mesmo assim não tropeçam nem fazem veredas tortuosas para seus pés. Deus tem cuidado de vós no lugar em que é vosso dever estar. Sempre que possível, porém, estai certos de ir onde se costuma fazer oração. Diz o Salvador: "Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram seus vestidos, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso." Apocalipse 3:4. Essas almas venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho. No meio da poluição moral que prevalecia por toda parte, mantiveram firme a sua integridade. E por quê? Eram participantes da natureza divina, e assim escaparam da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Tornaram-se ricos na fé, herdeiros de uma herança mais valiosa do que o ouro de Ofir. Somente a vida de constante dependência do Salvador é vida santa. ------------------------Seção 9 -- O conhecimento dos princípios de saúde A igreja deve despertar CSa 425 1 Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra médico-missionária. O mundo é um hospital repleto de enfermidades, tanto físicas como espirituais. Por toda a parte morrem pessoas à míngua de conhecimentos das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. Os que foram iluminados pela verdade devem ser portadores de luz para o mundo. Esconder nossa luz no tempo atual é cometer um erro terrível. A mensagem para o povo de Deus hoje é: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Isaías 60:1. CSa 425 2 Por toda parte vemos os que receberam muita luz e conhecimento, escolhendo deliberadamente o mal em lugar do bem. Não fazendo tentativa alguma para reformarem-se, vão-se tornando piores mais e mais. Mas o povo de Deus não deve andar em trevas. Devem andar na luz, pois são reformadores. CSa 425 3 Na vanguarda do verdadeiro reformador, a obra médico-missionária abrirá muitas portas. Ninguém precisa esperar até que seja chamado para algum campo longínquo, para então começar a ajudar os outros. Onde quer que vos encontreis, podereis começar imediatamente. As oportunidades encontram-se ao alcance de todos. Assumi o trabalho de que sois considerados responsáveis -- a obra que deveria ser feita em vosso lar* e vizinhança. Não espereis que outros vos incitem à ação. No temor de Deus avançai sem delongas, tendo presente vossa responsabilidade individual para com Aquele que deu a vida por vós. Agi como se ouvísseis Cristo convidar-vos pessoalmente para fazerdes o máximo em Seu serviço. Não olheis em volta, para ver quem mais estará disposto. Se sois verdadeiramente consagrados, Deus, por vosso intermédio, trará à verdade outros, de quem Se poderá servir como condutos para comunicar luz a muitos que tateiam nas trevas. Todos podem realizar uma parte CSa 426 1 Todos podem fazer alguma coisa. Num esforço por escusarem-se, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, vossos filhos devem ser vossa mão auxiliadora, aumentando vossa capacidade e habilidade para trabalhardes para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e alma Lhe pertencem. Devem ser instruídos para ajudar em vários ramos de serviço abnegado. Não permitais que vossos filhos sejam empecilhos. Convosco, devem os filhos partilhar os encargos tanto espirituais como físicos. Ajudando outros, aumentam a própria felicidade e utilidade. CSa 426 2 Mostre nosso povo que possui vivo interesse no trabalho médico-missionário. Preparem-se para a utilidade, estudando os livros que nesses ramos foram escritos para nossa instrução. Esses livros merecem muito mais atenção e apreço do que têm recebido. Muito do que é para benefício de todos compreender, foi escrito com o fim especial de instruir nos princípios da saúde. Os que estudam e praticam esses princípios serão grandemente abençoados tanto física como espiritualmente. A compreensão da filosofia da saúde será uma salvaguarda contra muitos dos males que estão a aumentar constantemente. Estudo doméstico CSa 427 1 Muitos que desejam obter conhecimento em ramos médicos-missionários têm obrigações domésticas que, por vezes, os impedem de unir-se a outros para estudar. Estes poderão em sua própria casa aprender muito a respeito da expressa vontade de Deus relativamente a esses ramos de trabalho missionário, aumentando assim sua habilidade para ajudar outros. Pais e mães, obtende todo o auxílio possível do estudo de nossos livros e demais publicações. ... Tomai tempo para ler para vossos filhos trechos dos livros de saúde, bem como dos que tratam mais particularmente de assuntos religiosos. Ensinai-lhes a importância do cuidado do corpo -- a casa em que habitam. Formai um grupo doméstico de leitura, em que cada membro da família deponha os ansiosos cuidados do dia, e tome parte no estudo. Pais, mães, moços e moças: Dedicai-vos de coração a esta tarefa, e vede se não melhorará muito a igreja do lar. CSa 427 2 Especialmente os jovens que estavam acostumados a ler romances e literatura barata, terão proveito ao tomar parte no estudo doméstico à noite. Moços e moças: Lede a literatura que vos comunique o verdadeiro conhecimento, e seja de auxílio para a família inteira. Dizei firmemente: "Não passarei preciosos momentos na leitura daquilo que de nenhum proveito me será, e tão-somente me incapacitará para ser prestativo aos outros. Dedicarei meu tempo e pensamentos, buscando habilitar-me para o serviço de Deus. Fecharei os olhos para as coisas frívolas e pecaminosas. Meus ouvidos pertencem ao Senhor, e não escutarei o sutil arrazoamento do inimigo. De maneira nenhuma minha voz se sujeitará a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o templo do Espírito Santo, e cada faculdade de meu ser será consagrada para atividades dignas." Os jovens, mão auxiliadora de Deus CSa 428 1 O Senhor designou os jovens para serem Sua mão auxiliadora. Se em cada igreja eles se consagrassem a Deus, praticassem abnegação no lar, aliviando a mãe consumida dos cuidados, esta acharia tempo para fazer visitas aos vizinhos e, quando se lhes oferecesse oportunidade, poderiam eles mesmos auxiliar fazendo pequenos serviços de misericórdia e amor. Livros e revistas que tratam de assuntos de saúde e temperança poderiam ser postos em muitos lares. A circulação desta literatura é questão importante; pois deste modo se podem transmitir preciosos conhecimentos atinentes ao tratamento de doenças -- conhecimentos que seriam grande bênção para os que não podem pagar visitas médicas. O estudo da fisiologia CSa 428 2 Os pais devem procurar interessar os filhos no estudo da fisiologia. Há entre os jovens bem poucos que têm conhecimentos positivos acerca dos mistérios da vida. O estudo do admirável organismo humano, a relação e dependência de suas partes complicadas, é assunto em que muitos pais pouco se interessam. Embora Deus lhes diga: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai à tua alma" (3 João 2), não compreendem eles a influência do corpo sobre a mente ou da mente sobre o corpo. Ninharias desnecessárias lhes ocupam a atenção, e então alegam falta de tempo como desculpa para não adquirir os conhecimentos necessários para os habilitar devidamente a instruir os filhos. CSa 429 1 Se todos adquirissem conhecimentos sobre este assunto, e se compenetrassem da importância de pô-los em prática, veríamos um melhor estado de coisas. Pais: Ensinai vossos filhos a raciocinarem da causa para o efeito. Mostrai-lhes que, se violarem as leis da saúde, terão que pagar com sofrimento essa culpa. Mostrai-lhes que a negligência no tocante à saúde física tende à negligência moral. Vossos filhos requerem cuidado paciente e fiel. Não vos basta alimentar e vesti-los; deveis buscar também desenvolver-lhes as faculdades mentais e encher-lhes o coração de princípios retos. Mas quantas vezes se perdem de vista a beleza de caráter e a amabilidade de temperamento, no ansioso desejo da aparência exterior! Ó pais, não vos deixeis governar pela opinião do mundo; não trabalheis para alcançar a sua norma. Decidi por vós mesmos qual seja o grande objetivo da vida e, então, empenhai todo esforço para atingir esse objetivo. Não podereis impunemente descuidar o devido preparo de vossos filhos. Seus defeitos de caráter publicarão vossa infidelidade. Os males que deixais passar sem corrigir, as maneiras ásperas, rudes, o desrespeito e a desobediência, os hábitos de indolência e desatenção, trar-vos-ão desonra para o nome e amargura à vida. O destino de vossos filhos está em grande parte em vossas mãos. Se deixardes de cumprir vosso dever, podereis colocá-los nas fileiras do inimigo e torná-los agentes seus na derrota de outros; por outro lado; se fielmente os instruirdes, se em vossa própria vida lhes apresentardes um exemplo pio, podereis levá-los a Cristo, e eles, por sua vez, influenciarão outros, e assim muitos poderão ser salvos por meio de vós. Instruí as crianças CSa 429 2 Pais e mães, reconheceis a importância da responsabilidade que sobre vós pesa? Reconheceis a necessidade de resguardar vossos filhos dos hábitos negligentes, desmoralizadores? Só permiti que vossos filhos formem amizades que tenham boa influência sobre seu caráter. Não permitais que estejam fora de casa à noite, a não ser que saibais onde estão e o que fazem. Se negligenciastes ensinar-lhes mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, começai imediatamente a cumprir vosso dever. Assumi vossas responsabilidades e trabalhai para o tempo e a eternidade. Não deixeis passar nem um dia mais sem confessar a vossos filhos a vossa negligência. Dizei-lhes que pretendeis agora fazer a obra designada por Deus. Pedi-lhes que convosco lancem mão da reforma. Fazei esforços diligentes para remir o passado. Não permaneçais por mais tempo no estado da igreja de Laodicéia. Em nome do Senhor rogo a toda família que mostre suas verdadeiras cores. Reformai a igreja que está em vossa própria casa. CSa 430 1 Ao cumprirdes fielmente vosso dever em casa, o pai como sacerdote da família, a mãe como sua missionária, estareis a multiplicar instrumentalidades para fazer o bem fora do lar. Ao aproveitardes vossas faculdades, tornar-vos-eis mais capacitados para trabalhar na igreja e vizinhança. Ligando os filhos a si e a Deus, os pais, as mães e os filhos tornam-se coobreiros de Deus. CSa 430 2 Como meio de vencer o preconceito e obter acesso à consciência, deve-se fazer obra médico-missionária não em um ou dois lugares apenas, mas em muitas partes onde a verdade ainda não foi proclamada. Devemos trabalhar como evangelistas médico-missionários, curar as almas enfermas pelo pecado dando-lhes a mensagem de salvação. -- Testimonies for the Church 9:211 (1909). Os ministros devem ensinar a reforma de saúde CSa 431 1 Nossos ministros se devem tornar entendidos quanto à reforma da saúde. ... Eles devem compreender as leis que regem a vida física, e sua ação sobre a saúde da mente e da alma. CSa 431 2 Milhares e milhares poucos sabem quanto ao maravilhoso corpo que Deus lhes deu, ou do cuidado que ele deve receber; consideram de mais importância o estudar assuntos de muito menos conseqüência. Os ministros têm aí uma obra a fazer. Quando eles se colocarem a esse respeito na devida posição, muito será conseguido. Devem obedecer às leis da vida em sua maneira de viver e em sua casa, praticando os sãos princípios, e vivendo saudavelmente. Então estarão habilitados a falar acertadamente a esse respeito, levando o povo cada vez mais acima na obra da reforma. Vivendo eles próprios na luz, podem apresentar uma mensagem de grande valor aos que se acham em necessidade desses mesmos testemunhos. CSa 431 3 Há preciosas bênçãos e ricas experiências a serem alcançadas se os ministros unirem a apresentação da questão da saúde com todos os seus trabalhos nas igrejas. O povo precisa receber a luz sobre a reforma de saúde. ... CSa 431 4 Os presidentes de nossas associações devem compreender que é bem tempo de eles tomarem a devida posição neste assunto. Ministros e professores devem transmitir aos outros a luz que têm recebido. Sua obra é necessária em toda linha. Deus os ajudará; Ele fortalecerá Seus servos para que fiquem firmes, e não sejam abalados na verdade e justiça para se acomodar à satisfação egoísta.* A reforma da temperança CSa 432 1 Há necessidade de uma grande reforma no que respeita à temperança. O mundo está cheio de toda espécie de satisfações do próprio eu. Devido à influência obscurecedora de estimulantes e narcóticos a mente de muitos se acha incapaz de discernir entre o sagrado e o profano. Suas energias mentais são enfraquecidas, e não podem discernir as profundas coisas espirituais da Palavra de Deus. CSa 432 2 O cristão será temperante em tudo -- no comer, no beber, no vestir-se e em todos os aspectos da vida. "E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível." 1 Coríntios 9:25. Não temos nenhum direito de condescender com qualquer coisa que resulte em um estado da mente que impeça o Espírito de Deus de impressionar-nos com o senso do dever. É obra-prima da habilidade satânica colocar os homens onde estes dificilmente possam ser alcançados pelo evangelho. CSa 432 3 Não haverá entre nós como um povo um reavivamento da obra da temperança? Por que não estamos fazendo muito mais decididos esforços para opor-nos ao tráfico das bebidas, que está arruinando a alma dos homens, e causando violência e crime de toda espécie? Com a grande luz que Deus nos tem confiado, devemos encontrar-nos na dianteira de toda verdadeira reforma. O uso de bebidas intoxicantes está tornando os homens insensatos, e levando-os a praticar os mais horríveis crimes. Por causa da impiedade que se segue em grande parte em resultado do uso das bebidas alcoólicas, os juízos de Deus estão caindo sobre a Terra em nossos dias. Não temos nós uma solene responsabilidade de fazer ingentes esforços contra este grande mal? -- The Review and Herald, 29 de Agosto de 1907. Nas reuniões campais CSa 433 1 Toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da terceira mensagem angélica. A reforma da temperança requer nossa especial atenção e apoio. Devemos, em nossas reuniões campais, chamar a atenção para esta obra, tornando-a um assunto vivo. Precisamos apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o compromisso de temperança. Importa dar cuidadosa atenção aos que se acham escravizados pelos maus hábitos. Cumpre-nos levá-los à cruz de Cristo. CSa 433 2 Nossas reuniões campais devem ter a cooperação de médicos. Para isso requerem-se homens de sabedoria e são discernimento, homens que respeitem o ministério da Palavra e não sejam vitimas da incredulidade. Esses homens são os guardiões da saúde do povo, e devem ser reconhecidos e respeitados. Eles devem dar instruções ao povo no que respeita aos perigos da intemperança. Esse mal terá de ser enfrentado mais ousadamente no futuro do que tem sido no passado. Os ministros e os médicos devem salientar os males da intemperança. Importa que ambos trabalhem no evangelho com poder, condenando o pecado e exaltando a justiça. Os ministros e médicos que não fazem apelos individuais ao povo, são remissos em seu dever. Falham no cumprimento da obra que Deus lhes designou. CSa 433 3 Há, noutras igrejas, cristãos que estão na defesa dos princípios da temperança. Devemos buscar aproximar-nos desses obreiros, abrindo caminho para que estejam conosco lado a lado. Devemos convidar grandes homens, homens bons, para secundarem nossos esforços em salvar o que se havia perdido. CSa 433 4 Caso a obra de temperança fosse levada avante por nós como foi iniciada trinta anos atrás; se em nossas reuniões campais expuséssemos diante do povo os males da intemperança* no comer e no beber, e especialmente o mal das bebidas alcoólicas; uma vez que estas coisas fossem apresentadas em ligação com os sinais da próxima vinda de Cristo, haveria uma sacudidura entre o povo. Se mostrássemos zelo proporcional à importância das verdades de que estamos tratando, seríamos instrumentos em salvar centenas, ou antes, milhares da ruína. Um trabalho bom dificultado CSa 434 1 A verdade presente acha-se na obra da reforma da saúde tão certamente como em outros ramos da obra do evangelho. Nenhuma ramificação, quando separada das demais, pode constituir um todo perfeito. CSa 434 2 O evangelho da saúde tem defensores capazes, mas seu trabalho tem sido muito dificultado porque muitos ministros, presidentes de associações e outras pessoas que se acham em posição de influência têm deixado de dar à questão da reforma da saúde a devida atenção. Eles não a têm reconhecido, em relação com a obra da mensagem, como o braço direito do corpo. Enquanto tem sido demonstrado muito pouco respeito para com este departamento por parte de muitas pessoas e por alguns dos ministros, o Senhor manifestou Sua consideração para com ele dando-lhe abundante prosperidade. Quando conduzida de maneira adequada, a obra da saúde é uma cunha penetrante, que abre caminho para que outras verdades cheguem ao coração. Quando recebida em sua plenitude a mensagem do terceiro anjo, a reforma da saúde terá o seu lugar nos concílios da associação, no trabalho da igreja, no lar, na mesa e em todos os preparativos domésticos. Então o braço direito servirá ao corpo e o protegerá. -- Testimonies for the Church 6:327 (1900).* Disseminando os princípios de temperança CSa 435 1 Deus convida Seu povo a se unir de maneira harmoniosa em seu serviço para Ele, a fim de que possam trabalhar segundo os métodos de Cristo. Esta mensagem final de advertência deve ser levada ao mundo, e haverá contínuos apelos aos que sairão e levarão a mensagem aos campos missionários que estão clamando por auxílio. Há alguns que não podem ir pessoalmente a estes campos, mas podem ajudar a manter a obra com seus meios. CSa 435 2 Muitos podem dedicar-se à obra de vender os nossos periódicos. Podem assim obter os meios em favor da obra nos campos estrangeiros enquanto semeiam a semente da verdade nos caminhos e valados em sua pátria. Esse trabalho será abençoado por Deus, e não será feito em vão. CSa 435 3 Onde quer que estejais, deixai que vossa luz brilhe. Dai revistas e folhetos àqueles com quem vos associardes, quando estiverdes andando de carro, visitando, conversando com vossos vizinhos; e aproveitai toda oportunidade para falar uma palavra em tempo oportuno. O Espírito Santo tornará frutífera a semente em alguns corações. CSa 435 4 Como um povo, devemos cultivar a bondade e a cortesia em nossa associação com aqueles a quem encontramos. Evitemos qualquer maneira rude, e procuremos sempre apresentar a verdade de maneira fácil. Esta verdade significa vida, e vida eterna para o recebedor. Estudai, portanto, para passar fácil e cortesmente dos assuntos de natureza temporal para os espirituais e eternos. Um comportamento muito cortês caracterizava a obra do Salvador. Procurai da maneira mais delicada introduzir vossa missão. Enquanto andais pelo caminho, ou vos sentais à beira da estrada, podeis deixar cair em algum coração a semente da verdade. Tenho palavras de incentivo para dizer com relação ao* CSa 436 5 número especial do Watchman, que a Casa Publicadora do Sul irá publicar. Alegrar-me-ei ao ver as nossas associações auxiliarem nesta obra adquirindo grande número de exemplares para distribuição. Que não haja nenhum impedimento a este esforço, mas que todos tomem o propósito de dar a este número de temperança ampla divulgação. CSa 436 1 Não poderia haver melhor ocasião do que agora, quando a questão da temperança está despertando tão grande interesse, para um movimento dessa natureza. Que o nosso povo em toda parte se proponha decididamente a deixar que se veja onde estamos na questão da temperança. Fazei todo possível para que circulem fortes e estimulantes apelos para o fechamento dos bares. Permiti que este periódico se torne uma força para o bem. Nossa obra de temperança deve ser mais animada, mais decidida. CSa 436 2 Preciosa luz será comunicada por meio das publicações que espalhardes pelas vilas e cidades. Vossas humildes orações, vossa atividade desinteressada, serão abençoadas por Deus, e a verdade como é em Jesus virá aos que necessitam dela. As palavras que Cristo falou aos homens quando esteve neste mundo, Ele as pronunciará novamente por meio de Seus humildes e fiéis seguidores. Através destes dará Ele aos homens o pão da vida e a água da salvação. Irmãos, aceitai este trabalho com humildade de coração. A simplicidade da verdadeira piedade fará com que sejais respeitados, e levará os homens e mulheres a procurarem a fonte de vosso poder. Crede, e recebereis aquilo que pedirdes. Cooperar com a união de temperança das mulheres cristãs CSa 436 3 A União de Temperança das Mulheres Cristãs é uma organização com cujos esforços para disseminação dos princípios de temperança, podemos unir-nos de boa vontade. Foi-me mostrado que não nos devemos manter afastados delas, mas, conquanto não deva haver sacrifício de princípios de nossa parte, devemos o quanto possível unir-nos com elas no trabalho pró-reforma de temperança. Em nossas atividades, meu esposo e eu nos unimos com estas obreiras da temperança, e tivemos a satisfação de ver várias delas se unirem conosco na observância do verdadeiro sábado. Há entre elas um forte preconceito contra nós, mas não faremos desaparecer este preconceito permanecendo afastados. Deus nos está provando. Devemos colaborar com elas quando pudermos, e podemos certamente fazê-lo na questão de fechar inteiramente os bares. CSa 437 1 Ao submeter o instrumento humano sua vontade à vontade de Deus, o Espírito Santo impressionará o coração daqueles a quem ministra. Foi-me mostrado que não devemos esquivar-nos às obreiras da U.T.M.C. Unindo-nos com elas em favor da abstinência total, não mudamos nossa atitude quanto à observância do sétimo dia, e podemos mostrar nossa apreciação pela atitude delas relativamente à questão da temperança. Abrindo a porta, e convidando-as a se unirem conosco no assunto da temperança, granjeamos assim sua cooperação nesse sentido; e elas, unindo-se a nós, ouvirão novas verdades que o Espírito Santo está esperando gravar nos corações. CSa 437 2 Meus irmãos, sede cooperadores de Cristo. Fazei todo esforço possível, a tempo e fora de tempo, para disseminar a luz da verdade presente. O Senhor nos tem mostrado quão firme é o cabo que nos ancora à Rocha viva. Há uma oportunidade para trabalharmos em favor dos que possuem a verdade em alguns pontos, mas que não estão firmemente ancorados em outros aspectos. Mantende-vos em contato com as pessoas onde quer que possais. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16.* Ensinai com sabedoria CSa 438 1 Não devemos ir mais rápido do que nos cumpre fazê-lo para levar conosco aqueles cuja consciência e intelecto estão convencidos das verdades que defendemos. Devemos ir às pessoas onde estas se acham. Alguns de nós levaram muitos anos para chegar à nossa presente posição na reforma da saúde. É trabalho lento conseguir reforma no regime dietético. Deveremos encontrar fortes desejos, pois o mundo é dado à glutonaria. Se quisermos conceder às pessoas tanto tempo quanto exigimos para chegar à presente condição avançada na reforma, devemos ser muito pacientes com elas e permitir que andem passo por passo, como nós o fizemos, até que seus pés estejam inteiramente firmados na plataforma da reforma da saúde. Devemos, porém, ser muito cautelosos para não avançar rápido demais, a fim de que não sejamos obrigados a recuar nossos passos. Em reformas, é preferível andar um passo aquém do limite, do que ir um passo além dele. E se houver algum erro, deve este estar do lado das pessoas. CSa 438 2 Acima de tudo, não devemos, com a nossa pena, defender posições que não pomos em prática em nossa própria família, em nossas próprias mesas. ... CSa 438 3 Se nos dirigirmos às pessoas que não foram esclarecidas no tocante à reforma da saúde, e lhes apresentarmos logo de início nossos pontos de vista mais fortes, há o perigo de se desanimarem ao verem quanto precisam abandonar, de maneira que não farão nenhum esforço para se reformarem. Devemos levar as pessoas para diante de maneira paciente e gradual, lembrando-nos da profundidade do poço do qual fomos tirados. -- Testimonies for the Church 3:20, 21 (1872). O correto exercício da vontade CSa 439 1 As vítimas de maus hábitos devem ser despertadas para a necessidade de fazer esforços por si mesmas. Outros podem desenvolver mais fervorosos empenhos para erguê-los, a graça de Deus pode-lhes ser abundantemente oferecida, Cristo pode rogar, Seus anjos ministrar; tudo, porém, será em vão, a menos que eles próprios despertem para pelejar o combate em seu favor. CSa 439 2 As últimas palavras de Davi a Salomão, então um jovem, e que ia em breve receber a coroa de Israel, foram: "Esforça-te ... e sê homem." 1 Reis 2:2. A todo filho da humildade, candidato a uma coroa imortal, dirigem-se estas palavras proferidas pela inspiração: "Esforça-te, e sê homem." CSa 439 3 Os habituados a satisfazer às tendências naturais devem ser levados a ver e a sentir que é mister grande renovação moral, se se querem tornar homens. Deus os convida a despertar e, na força de Cristo, reconquistar a varonilidade que Deus lhes dera, e que foi sacrificada em pecaminosas condescendências. CSa 439 4 Sentindo o terrível poder da tentação, o arrastamento do desejo que leva à fraqueza, muito homem brada em desespero: "Não posso resistir ao mal." Dizei-lhe que ele pode, que ele precisa resistir. Poderá haver sido derrotado uma e outra vez, mas não é necessário que seja sempre assim. Ele é fraco em força moral, dominado por hábitos de uma vida de pecado. Suas promessas e resoluções são como cordas de areia. A consciência das promessas não cumpridas e dos violados votos, enfraquece-lhe a confiança na própria sinceridade, fazendo com que ele sinta que Deus não pode aceitar, nem cooperar com seus esforços. Não precisa, entretanto, desesperar.* CSa 440 1 Os que põem em Cristo a confiança, não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar com o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar. ... CSa 440 2 Mediante o devido exercício da vontade, uma completa mudança pode ser operada na vida. Entregando a vontade a Cristo, aliamo-nos com o divino poder. Recebemos força do alto para nos manter firmes. Uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite e concupiscência, é possível a todo aquele que quiser unir sua vontade humana, fraca e vacilante, à onipotente e inabalável vontade de Deus. CSa 440 3 Os que estão em luta com o poder do apetite, devem ser instruídos nos princípios do viver saudável. Deve-se-lhes mostrar que a violação das leis da saúde, criando um estado enfermo e desejos não naturais, lança as bases para o hábito das bebidas alcoólicas. Unicamente vivendo em obediência aos princípios da saúde, podem eles se libertar da sede de estimulantes contrários à natureza. Ao passo que dependem da força divina para quebrar as cadeias do apetite, devem cooperar com Deus pela obediência a Suas leis, tanto as morais, como as físicas. ... CSa 440 4 Para toda alma que luta por se erguer de uma vida de pecado a uma de pureza, o grande elemento de poder reside no único nome "debaixo do céu", "dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". "Se alguém tem sede" de tranqüilizadora esperança, de libertação de propensões pecaminosas, Cristo diz: "Venha a Mim, e beba." O único remédio para o vício, é a graça e o poder de Cristo. Assinai o compromisso CSa 441 1 Como cristãos, devemos permanecer firmemente na defesa da temperança. Nenhuma classe de pessoas há mais capaz de realização na causa da temperança do que os jovens tementes a Deus. Caso os jovens que vivem em nossas cidades se unissem em um firme e decidido exército, e pusessem a face como um seixo contra toda forma de egoísmo e condescendência que destrói a saúde, que força não poderiam eles ser para o bem! Quantos não poderiam eles salvar de se corromperem ao visitarem os salões e jardins que se acham equipados com música e toda sorte de atração para seduzir a juventude! A Intemperança, a Licenciosidade e a Profanação são irmãs. CSa 441 2 Que todos os jovens tementes a Deus se cinjam da armadura e avancem para a frente de batalha. Não apresenteis nenhuma desculpa ao serdes solicitados a pôr o nome no compromisso de temperança, mas assinai todos os votos apresentados e induzi outros a assiná-los juntamente convosco. Colaborai para o bem de vossa própria alma e para o bem de outros. Jamais deixeis passar uma oportunidade de exercer vossa influência do lado da temperança rigorosa. CSa 441 3 Damos graças a Deus pelo fato de ter sido alcançada uma vitória, mas ainda esperamos levar os nossos irmãos e irmãs a mais elevada norma, segundo a qual assinarão o compromisso de abster-se do café e da erva que vem da China. CSa 441 4 O café é um hábito prejudicial. Excita por algum tempo a mente para as ações desusadas, mas o efeito posterior é melancólico -- prostração e extenuação das forças físicas, mentais e morais. A mente torna-se deprimida, e a menos que por meio de esforço resoluto seja o hábito vencido, a atividade do cérebro é grandemente diminuída.* CSa 442 1 Em alguns casos é tão difícil romper esse hábito do chá e do café como é para o ébrio abandonar a bebida intoxicante. O dinheiro gasto em chá e café é pior que desperdiçado. Aos que o tomam, eles só fazem mal, e isto continuamente. CSa 442 2 Todos esses irritantes nervosos estão esgotando as forças vitais; e o desassossego, a impaciência, a fraqueza mental causados por nervos em frangalhos, tornam-se elementos em conflito, sempre operando contra o progresso espiritual. Subordinarão os cristãos o apetite ao controle da razão, ou continuarão sua condescendência porque se sentem tão deprimidos sem isso, como os ébrios sem o seu estimulante? Não despertarão os defensores da reforma pró-temperança quanto a essas coisas nocivas também? E não abrangerá o voto ou compromisso o café e o chá como estimulantes prejudiciais? Provas prematuras CSa 442 3 O Senhor deseja que nossos ministros, médicos e membros de igreja sejam cautelosos em não insistir com os que são ignorantes quanto à nossa fé para fazerem repentinas mudanças no regime, levando assim os homens a uma prova antecipada. Mantende os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão, e acreditarão. Nem o Senhor requer que Seus mensageiros apresentem as belas verdades do viver saudável de maneira que prejudiquem os espíritos. Ninguém ponha pedras de tropeço diante dos pés dos que estão andando nas escuras veredas da ignorância. Mesmo em elogiar uma coisa boa, não sejais demasiado entusiastas, a fim de que não desvieis do caminho os ouvintes. Apresentai os princípios da temperança em sua maneira mais atrativa. -- Obreiros Evangélicos, 233 (1915). Mantende à frente a reforma de saúde CSa 443 1 Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma de saúde. Alguns há que pensam que a questão do regime alimentar não seja de importância suficiente para ser incluída em seu trabalho evangélico. Mas esses cometem um grande erro. A Palavra de Deus declara: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todas as suas modalidades, tem lugar importante na obra da salvação. A instrução deve estar ligada com as missões de cidades CSa 443 2 Em conexão com nossas missões de cidade deveria haver cômodos apropriados, em que aqueles nos quais se despertou interesse possam reunir-se para ser instruídos. Esta obra necessária não deve ser efetuada de modo tão pobre que se faça impressão desfavorável sobre o espírito do povo. Tudo que é feito deve dar testemunho favorável em prol do Autor da verdade, e deve de modo apropriado representar a santidade e importância das verdades da terceira mensagem angélica. CSa 443 3 Devem-se estabelecer escolas culinárias. Devemos ensinar o povo a preparar alimento saudável. É preciso mostrar-lhes a necessidade de abandonar alimentos nocivos. Mas nunca deveríamos advogar um regime que nos faça padecer fome. É possível ter um regime são, nutritivo, sem o emprego de café, chá e carne. A obra de ensinar o povo a preparar um sistema alimentar que seja ao mesmo tempo saudável e apetecível, é da maior importância. CSa 443 4 A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para* purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. CSa 444 1 Conservai na frente a obra da reforma de saúde -- é a mensagem que sou instruída a apresentar. Mostrai tão claramente o seu valor que se venha a sentir uma vasta necessidade dela. A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que é perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais. Pela abstinência total vencerá ele o desejo das condescendências que destroem a saúde. Avançai CSa 444 2 Sou instruída a dizer aos ensinadores da reforma da saúde: Avançai! O mundo necessita de cada til da influência que podeis exercer para fazer recuar a maré de calamidades morais. Que os que ensinam a terceira mensagem angélica permaneçam fiéis às suas insígnias. "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. Possa o Senhor prover com as mais claras mensagens da verdade os que trabalham na palavra e na doutrina. Se Seus obreiros apresentarem estas mensagens com simplicidade, firmeza e toda a autoridade, o Senhor cooperará com eles. Deve-se defender contínua reforma CSa 445 1 A circulação de nossas publicações sobre saúde é obra importantíssima, na qual devem todos os que crêem nas verdades especiais para este tempo ter vivo interesse. Deus deseja que agora, como nunca dantes, a mente do povo seja profundamente agitada para investigar a grande questão da temperança e os princípios que fundamentam a genuína reforma de saúde. A vida física deve ser cuidadosamente educada, cultivada e desenvolvida, para que mediante homens e mulheres seja revelada a natureza divina em sua plenitude. Tanto as faculdades físicas como as mentais, com suas afeições, devem ser tão bem exercitadas, que possam atingir a mais alta eficiência. CSa 445 2 Reforma, contínua reforma, deve ser conservada diante do povo, e por meio do exemplo devemos dar força aos nossos ensinamentos. A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar em favor da salvação dos homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade de abandonarem os prazeres pecaminosos, os quais destroem a saúde, aviltam a alma e impedem que a verdade divina impressione a mente. Deve-se ensinar os homens e as mulheres a fazerem um cuidadoso exame de todo hábito e prática, e a abandonarem sem demora aquilo que origina um estado doentio do corpo, e lança, dessa forma, uma escura sombra sobre a mente. O povo de Deus deve ser portador de luz CSa 445 3 Deus deseja que Seu povo seja portador de luz a um mundo que jaz nas trevas da meia-noite. Se, porém, eles recusarem avançar na luz que Ele faz brilhar em seu caminho, a luz se lhes tornará finalmente em trevas; e em lugar de serem portadores de luz para o mundo, eles próprios se perderão na* escuridão que os rodeia. Deus deseja que Seus portadores de luz mantenham sempre uma alta norma diante de si. Por preceito e exemplo, devem manter esta norma perfeita muito acima da falsa norma de Satanás, a qual, se seguida, levará à miséria, degradação, enfermidade e morte, tanto para o corpo como para a alma. CSa 446 1 Os que trabalham como professores devem ser entendidos quanto às doenças e suas causas, compreendendo que cada ato do ser humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz dada por Deus sobre a reforma da saúde destina-se à nossa salvação e à salvação do mundo. Os homens e as mulheres devem ser informados quanto à habitação humana adaptada por nosso Criador como o lugar de Sua morada, e da qual deseja sejamos fiéis despenseiros. Estas grandes verdades devem ser comunicadas ao mundo. Devemos alcançar as pessoas onde estas se encontram e, por exemplo e preceito, levá-las a ver as belezas do caminho melhor. CSa 446 2 O mundo encontra-se em aflitiva necessidade de instrução neste sentido. Chegou o tempo em que cada alma deve ser fiel e verdadeira a todo raio de luz que Deus deu, e começar a transmitir com zelo este evangelho da saúde às pessoas. Teremos força e vigor para fazer isso, caso pratiquemos estas verdades em nossa própria vida. Se todos seguíssemos a luz recebida, as bênçãos de Deus repousariam sobre nós e estaríamos desejosos de colocar estas verdades diante daqueles que não as conhecem. ... CSa 446 3 Deve-se ter cuidado em toda nossa obra para que não se faça de nenhum ramo uma especialidade, enquanto outros interesses são deixados a sofrer. Não tem havido, na circulação de nossos periódicos sobre saúde, o interesse que devia haver. Não se deve negligenciar a sua circulação, do contrário o povo sofrerá grande perda. CSa 447 1 Ninguém pense que a circulação das revistas sobre saúde é questão de pouca importância. Devem todos dedicar-se a esta obra com o maior interesse, e fazer os maiores esforços neste sentido. Deus abençoará grandemente os que a ela se entregarem com zelo, pois é uma obra que deve receber atenção neste tempo. CSa 447 2 Os ministros podem e devem fazer muito no sentido de apressar a distribuição dos periódicos da saúde. Cada membro da igreja deve trabalhar tão zelosamente em favor desses periódicos como por outros que possuímos. Nenhum atrito deve haver entre os dois. Ambos são necessários, e tanto um como o outro devem ocupar o campo ao mesmo tempo. Cada qual é o complemento do outro, e de modo algum pode tomar-lhe o lugar. A distribuição dos periódicos da saúde será um agente poderoso na preparação do povo para aceitarem aquelas verdades especiais que devem prepará-los para a breve vinda do Filho do homem. Vivei vossas convicções, ensinai a verdade CSa 447 3 A todos os reformadores de saúde eu diria: Vivei estritamente de acordo com as convicções de vossa própria mente esclarecida. Não sejais levados à condescendência pela insistência de amigos. Vivei a reforma no lar; e quando estiverdes fora dele, levai-a convosco. Vivei-a, e nas ocasiões apropriadas, nos lugares adequados e de maneira conveniente, falai de seus princípios. Jamais permitais que a oposição ou as bondosas súplicas de amigos ganhem terreno sobre vós. Firmai-vos sempre no vosso caminho, e lutai por todos os meios apropriados para impressionar os que vos rodeiam com a importância do assunto. -- Christian Temperance, 200, 201 (1890). Necessários os sanatórios em Washington e outros lugares CSa 448 0 Sanatório, Califórnia, 5 de Julho de 1903 CSa 448 1 Prezados irmãos: Nosso povo de longe e de perto precisa perguntar-se a si mesmo como o Senhor considera sua negligência de centros importantes da América. Há muitos lugares neste país nos quais jamais foi a verdade proclamada. Há muitos anos já deveria ter havido em Washington, D.C., um sanatório. Mas os homens escolheram o seu próprio caminho em muitas coisas, e os lugares nos quais deveria a verdade ter encontrado entrada, por meio do estabelecimento da obra médico-missionária, foram negligenciados. ... CSa 448 2 Por que não se encarregaram os que têm tido parte administrativa na obra médico-missionária, de levar a Washington a mensagem da temperança no comer, beber e vestir? Teria havido menos dificuldade em dar a mensagem nesse lugar do que em alguns outros. CSa 448 3 Há muitos lugares que necessitam da obra evangélica médico-missionária. Devem-se fazer projetos nesses lugares. Deus deseja que os nossos sanatórios constituam um meio de alcançar altos e baixos, ricos e pobres. Devem ser tão bem dirigidos, que por sua operação se desperte a atenção para a mensagem que Deus enviou ao mundo. Muitos não atenderão o chamado de misericórdia; não obstante, deve este ser feito a todos, para que todos os que desejarem possam vir às águas da vida e beberem. -- The Review and Herald, 11 de Agosto de 1903. Educar, educar, educar CSa 449 1 Cumpre-nos educar-nos a nós mesmos, não somente em viver em harmonia com as leis da saúde, mas em ensinar a outros o melhor caminho. Muitos, mesmo dos que professam crer nas verdades especiais para este tempo, são lamentavelmente ignorantes no que se relaciona com a saúde e a temperança. Esses necessitam ser instruídos, regra sobre regra, preceito sobre preceito. O assunto precisa ser conservado sempre novo diante deles. Essa questão não deve ser passada por alto como não sendo essencial; pois quase toda família necessita ser despertada a seu respeito. A consciência precisa ser despertada para o dever de praticar os princípios da verdadeira reforma. Deus requer que Seus filhos sejam temperantes em todas as coisas. A menos que pratiquem genuína temperança, não podem nem desejarão ser suscetíveis à santificadora influência da verdade. CSa 449 2 Nossos pastores devem tornar-se inteligentes nesta questão. Não a devem ignorar, nem se desviar pelos que os chamam extremistas. Verifiquem o que constitui a verdadeira reforma de saúde, e ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como por tranqüilo e coerente exemplo. Em nossas reuniões grandes, devem ser ministradas instruções quanto à saúde e à temperança. Buscai despertar o intelecto e a consciência. Ponde no serviço todo o talento de que dispondes, e secundai o trabalho com publicações acerca da matéria. "Educai, educai, educai", é a mensagem que me tem sido incutida. CSa 449 3 Em todas as nossas missões, mulheres inteligentes devem ser encarregadas dos arranjos domésticos -- mulheres que saibam preparar bem e saudavelmente o alimento. A mesa deve achar-se abundantemente suprida de comidas da melhor qualidade. Se alguém, de gosto pervertido, anseia chá, café, condimentos, e pratos nocivos à saúde, esclarecei-o. Buscai* despertar a consciência. Ponde-lhes diante os princípios bíblicos quanto à saúde. Onde se pode obter bom leite e frutas em abundância, raramente há qualquer escusa para se usar alimento animal; não há necessidade de tirar a vida de qualquer criatura de Deus para satisfazer as nossas necessidades comuns. Pode-se considerar mais conveniente usar alguma carne em certos casos de doença ou debilidade, mas se deve ter grande cuidado para que seja oferecida carne de animais sadios. Tornou-se um problema muito sério saber se é seguro usar alimentação cárnea de qualquer espécie nessa época do mundo. Seria preferível jamais comer carne a usar carne de animais doentes. ... Tem-me sido repetidamente mostrado que Deus está procurando levar-nos de volta, passo a passo, a Seu desígnio original -- que o homem subsista com os produtos naturais da terra. Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, deve a alimentação cárnea ser finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime alimentar. Devemos ter isto sempre em mente, e procurar agir firmemente nesse sentido. ... Conhecimento do preparo de alimentação saudável CSa 450 1 Uma das razões por que muitos têm ficado desanimados na prática da reforma de saúde é não haverem aprendido a cozinhar de maneira que a comida conveniente, preparada de maneira simples, suprisse o lugar do regime a que estavam acostumados. Ficam desgostosos com os pratos deficientemente preparados, e ouvimo-los em seguida dizer que tentaram a reforma de saúde, e não podem viver dessa maneira. Muitos tentam seguir insuficientes instruções quanto a essa reforma, e fazem obra tão deficiente, que resulta em prejuízo para a digestão, e desânimo para todos os que se acham envolvidos na tentativa. Professais ser reformadores no que diz respeito à saúde, e por esta mesma razão deveis tornar-vos bons cozinheiros. Os que se podem aproveitar das vantagens de saudáveis escolas de arte culinária convenientemente dirigidas, verificarão ser isto de grande benefício, tanto para seu próprio uso como para ensinar a outros. Ensinai sabiamente e pelo exemplo CSa 451 1 Não vos apodereis de idéias isoladas, tornando-as uma norma, e criticando outros cujo sistema pode não concordar com vossa opinião; estudai, porém, o assunto ampla e profundamente, e procurai trazer vossas próprias idéias e costumes em perfeita harmonia com os princípios da verdadeira temperança cristã. CSa 451 2 Muitos há que procuram corrigir a vida dos outros atacando o que consideram hábitos errados. Vão àqueles a quem pensam estar em erro e lhes apontam os defeitos, mas não procuram dirigir a mente para os verdadeiros princípios. Tal conduta muitas vezes está longe de alcançar os resultados desejados. Ao tornarmos evidente que procuramos corrigir os outros, muitas vezes despertamos sua combatividade, e fazemos mais mal do que bem. E há perigo, também, para o reprovador. Aquele que assume a responsabilidade de corrigir os outros, provavelmente cultivará o hábito de encontrar faltas, e todo o seu interesse logo estará em procurar falhas e encontrar defeitos. Não atenteis para os outros, com o propósito de descobrir-lhes as faltas ou expor os seus erros. Ensinai-lhes a melhorar os hábitos por meio do poder de vosso exemplo pessoal. O médico e o professor CSa 451 3 Grande soma de bem pode ser feita esclarecendo todos aqueles a quem temos acesso, como o melhor meio, não somente de curar os doentes, mas de prevenir doença e sofrimento. O médico que se esforça para esclarecer seus pacientes acerca da natureza e causas das moléstias que sofrem, e ensinar-lhes a maneira de evitá-las, podem ter tarefa árdua; se, porém, ele for consciencioso reformador, falará claramente sobre os ruinosos efeitos da condescendência consigo mesmo no comer, beber e vestir, da sobrecarga das forças vitais que levou seus pacientes ao ponto em que se encontram. Não acrescentará o mal ministrando drogas até que a natureza exausta abandone a luta, mas ensinará os pacientes a formarem hábitos corretos, e ajudarem a natureza em sua obra de restauração mediante uso sábio de seus próprios remédios simples. CSa 452 1 Em todas as nossas instituições médicas, deve ser tornado aspecto especial do trabalho o dar instruções referentes às leis da saúde. Os princípios da reforma de saúde devem ser cuidadosa e cabalmente apresentados perante todos, tanto pacientes como auxiliares. Esta obra requer coragem moral; pois ao passo que muitos aproveitarão tais esforços, outros se ofenderão. Os verdadeiros discípulos de Cristo, porém, aqueles cuja mente se encontra em harmonia com a mente de Deus, enquanto aprendem constantemente, vão ensinando também, levando a mente de outros para o alto, para longe dos erros dominantes no mundo. A obra da igreja CSa 452 2 Muito do preconceito que impede que a verdade da terceira mensagem angélica alcance o coração das pessoas poderia ser afastado, caso se desse mais atenção à reforma da saúde. Ao tornarem-se as pessoas interessadas nesse assunto, o caminho acha-se muitas vezes preparado para a penetração de outras verdades. Se virem que estamos informados com respeito à saúde, estarão mais prontos a crer que estamos certos quanto às doutrinas bíblicas. CSa 452 3 Esse ramo da obra do Senhor não tem recebido a devida atenção, e por causa dessa negligência muitos se têm perdido. Se a igreja demonstrasse maior interesse pelas reformas mediante as quais Deus mesmo está procurando prepará-la para a Sua vinda, sua influência seria muito maior do que o é agora. Deus tem falado a Seu povo, e deseja que ouçam e obedeçam à Sua voz. Embora a reforma da saúde não seja a mensagem do terceiro anjo, está ela intimamente com esta relacionada. Os que proclamam a mensagem devem também ensinar a reforma da saúde. É um assunto que devemos compreender a fim de estarmos preparados para os acontecimentos que estão prestes a sobrevir-nos, e devem ocupar lugar saliente. Indiferença e descrença CSa 453 1 Foi-me mostrado que se penetrou muito pouco na reforma de saúde até agora. Enquanto alguns sentem profundamente, e exercem sua fé na obra, outros permanecem indiferentes e mal deram o primeiro passo na reforma. Parece haver neles um sentimento de descrença, e ao restringir esta reforma o apetite concupiscente, muitos retrocedem. Têm outros deuses diante do Senhor. Seu paladar, seu apetite, é seu deus, e quando o machado é posto à raiz da árvore, e os que têm condescendido com o apetite pervertido a expensas da saúde são feridos, seu pecado apontado, mostrados os seus ídolos, eles não se querem convencer; e embora a voz de Deus lhes fale diretamente para abandonarem esses hábitos destruidores da saúde, alguns querem ainda apegar-se às coisas prejudiciais de que gostam. Parecem entregues a seus ídolos, e Deus logo dirá aos Seus anjos: Deixai-os. ... Vi que, como um povo, devemos realizar um movimento de vanguarda nesta grande obra. Os ministros e o povo devem agir em harmonia. O povo de Deus não está preparado para o alto clamor do terceiro anjo. Têm a fazer por si mesmos uma obra que não devem deixar que Deus faça por eles. Deixou Ele esta obra para que eles a fizessem. É uma obra individual; um não a pode fazer por outro. -- Testimonies for the Church 1:486 (1865). Uma advertência contra médicos espíritas CSa 454 1 De tempos em tempos tenho recebido cartas tanto de pastores como de membros leigos da igreja, perguntando se considero errado consultar médicos espíritas e clarividentes. Tão numerosos se estão tornando estes agentes de Satanás, e tão geral é a prática de buscar conselho deles, que parece indispensável dizer palavras de advertência. CSa 454 2 Colocou Deus em nós o poder de obter conhecimento das leis da saúde. Tornou Ele um dever mantermos nossas energias físicas no melhor estado possível, a fim de que possamos prestar-Lhe um serviço aceitável. Os que recusam aproveitar a luz e o conhecimento que foi misericordiosamente colocado ao seu alcance, estão rejeitando um dos meios que Deus lhes concedeu para desenvolver a vida espiritual, bem como a física. Estão-se colocando onde estarão expostos aos enganos de Satanás. CSa 454 3 Não poucos nesta era e nesta nação cristãs, recorrem a espíritos maus, em lugar de confiar-se ao poder do Deus vivo. A mãe que vela junto ao leito de dor de seu filho, exclama: "Nada mais posso fazer. Não há nenhum médico que tenha poder para curar o meu filho?" É-lhe dito das curas maravilhosas realizadas por algum curandeiro clarividente ou magnetizador, e confia o filho querido aos seus cuidados, colocando-o tão verdadeiramente nas mãos de Satanás como se este estivesse postado a seu lado. Em muitos casos, a vida posterior da criança é de tal maneira dirigida por um poder satânico que parece impossível destruir. CSa 454 4 Ouvi de uma mãe suplicar a um médico incrédulo para que salvasse a vida de seu filho; ao eu rogar, porém, a ela que pedisse o auxílio do Grande Médico, que é capaz de salvar* perfeitamente a todos que a Ele vão com fé, ela repeliu com impaciência. A experiência de Acazias CSa 455 1 Quando Acazias, rei de Israel, adoeceu, "enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença". No caminho encontraram eles a Elias, e em lugar de uma mensagem do ídolo, o rei ouviu a terrível sentença do Deus de Israel: "Portanto da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás." 2 Reis 1:2, 6. CSa 455 2 Foi Cristo quem mandou Elias dizer estas palavras ao rei apóstata. Jeová Emanuel tinha razões para estar muito descontente com a impiedade de Acazias. O que não havia feito Cristo para conquistar o coração de Israel e despertar-lhe confiança incansável, nEle mesmo? Por séculos havia Ele visitado o Seu povo com manifestações da mais condescendente bondade e inigualável amor. Desde o tempo dos patriarcas, havia Ele mostrado como estavam as Suas "delícias com os filhos dos homens". Provérbios 8:31. Fora Ele auxílio bem presente para todos que a Ele buscaram com sinceridade. "Em toda a angústia deles foi Ele angustiado, e o anjo da Sua face os salvou; pelo Seu amor, e pela Sua compaixão Ele os remiu." Isaías 63:9. Contudo Israel tinha dado as costas a Deus e procurado auxílio da parte dos piores inimigos do Senhor. CSa 455 3 Os hebreus eram a única nação favorecida com o conhecimento do verdadeiro Deus. Ao mandar perguntar ao oráculo pagão, proclamou o rei de Israel aos pagãos que tinha mais confiança em seus ídolos do que no Deus de seu povo, o Criador dos Céus e da Terra. Da mesma forma têm desonrado a Deus os que professam ter conhecimento de Sua Palavra, ao deixarem a Fonte de poder e sabedoria, para pedirem auxílio ou conselho aos poderes das trevas. Se a ira de Deus se acendeu por causa desse procedimento da parte de um rei mau e idólatra, como não deve Ele considerar conduta semelhante seguida pelos que professam ser Seus servos? Confiança imprudente CSa 456 1 Muitos são relutantes em fazer o necessário empenho para adquirirem o conhecimento das leis da vida e dos meios simples a serem empregados para a restauração da saúde. Eles não se colocam na relação correta para com a vida. Quando a doença é resultado de sua transgressão de lei natural, não procuram eles corrigir seus erros e depois pedir as bênçãos de Deus, mas recorrem aos médicos. Se recobram a saúde, dão toda a honra às drogas e aos médicos. Estão sempre prontos a idolatrar o poder e a sabedoria humanos, como se não conhecessem outro deus senão a criatura -- pó e cinza. CSa 456 2 Não é seguro confiar nos médicos que não mantêm o temor de Deus diante de si. Sem a influência da graça divina, é, o coração dos homens, "enganoso e perverso mais do que todas as coisas". Jeremias 17:9. Seu alvo é a glorificação própria. Quanta iniqüidade não tem sido praticada, que de enganos suportados, sob a capa da profissão médica! Pode o médico alegar possuir grande sabedoria e habilidade maravilhosa, ao mesmo tempo que seu caráter é viciado, e o exercício de sua profissão contrário às leis da saúde. O Senhor nosso Deus nos afirma que está pronto a ser misericordioso; convida-nos a clamar a Ele no dia da angústia. CSa 456 3 Além disso, o ensinamento desses médicos se está desviando constantemente dos princípios que Deus nos deu com respeito à saúde, especialmente quanto à questão do regime alimentar. Dizem que não estamos vivendo como deveríamos e prescrevem mudanças contrárias à luz enviada por Deus. Irmãos, como pode o Senhor permitir que Suas bênçãos repousem sobre nós quando estamos indo justamente pelo terreno do inimigo? Deus, o ajudador de seu povo CSa 457 1 Por que são os homens tão relutantes para confiar nAquele que criou o homem e que, por meio de um toque, uma palavra, um olhar, pode curar toda espécie de doenças? Quem é mais digno de nossa confiança do que Aquele que fez tão grande sacrifício em prol da nossa redenção? Nosso Senhor nos deu instruções definidas, por intermédio do apóstolo Tiago, quanto ao nosso dever em caso de doença. Quando falha o auxílio humano, Deus será o ajudador de Seu povo. "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor". Tiago 5:14. Se os professos seguidores de Cristo com pureza de coração, exercessem tanta fé nas promessas de Deus como a que depositam nas instrumentalidades satânicas, experimentariam na alma e no corpo, o poder vivificador do Espírito Santo. CSa 457 2 Deus concedeu grande luz a Seu povo, embora não sejamos colocados além do alcance da tentação. Quem entre nós está procurando auxílio dos deuses de Ecrom? Olhai para este quadro -- um quadro que não sai da imaginação. Mesmo entre os adventistas do sétimo dia, em quantos não se podem ver estes traços orientadores! Um inválido, aparentemente muito escrupuloso, não obstante fanático e auto-suficiente, francamente manifesta seu desprezo para com as leis da vida e da saúde, as quais a misericórdia divina nos levou a aceitar como um povo. Sua alimentação deve ser preparada de maneira que satisfaça seus desejos mórbidos. Em lugar de sentar-se a uma mesa na qual se oferece alimento saudável, deve ele freqüentar restaurantes, pois pode aí condescender com o apetite sem restrição. Fluente advogado da temperança, menospreza ele seus princípios fundamentais. Deseja o lenitivo, mas se recusa a obtê-lo pelo preço da renúncia própria. CSa 458 1 Este homem está adorando no altar do apetite pervertido. É um idólatra. As energias que, santificadas e enobrecidas, poderiam ser empregadas para honrar a Deus, são debilitadas, e se tornam de pouca utilidade. Uma mente irritadiça, um cérebro confuso e nervos fatigados, encontram-se entre os resultados de seu desprezo das leis da natureza. Ele é ineficiente e inconstante. Todo aquele que tenha coragem e honestidade para adverti-lo do perigo incorre dessa forma em seu desagrado. A mais leve admoestação ou oposição é suficiente para despertar-lhe o espírito combativo. Mas surge então uma oportunidade de pedir auxílio a alguém cujo poder é comunicado através de um médium da feitiçaria. A esta fonte se apega ele com avidez, gastando liberalmente tempo e dinheiro, na esperança de alcançar o oferecido benefício. Ele está iludido, apaixonado. O poder do feiticeiro torna-se assunto de exaltação, e são outros levados a pedir o seu auxílio. Dessa forma, o Deus de Israel é desonrado, enquanto o poder de Satanás é reverenciado e exaltado. CSa 458 2 Em nome de Cristo desejo dirigir-me aos Seus professos seguidores: Permanecei na fé que recebestes desde o princípio. "Evita os falatórios profanos." 2 Timóteo 2:16. Em lugar de depositar vossa confiança na feitiçaria, tende fé no Deus vivo. Maldito é o caminho que conduz a En-Dor ou a Ecrom. Tropeçarão e cairão os pés que se aventurarem neste terreno proibido. Há um Deus em Israel, com quem está o livramento para todos os que se acham oprimidos. Justiça é a base do Seu trono. CSa 458 3 Há perigo em nos afastarmos no mínimo que seja das instruções do Senhor. Ao nos afastarmos do caminho claro do dever, surgirá uma série de circunstâncias que parecem levar-nos irresistivelmente cada vez mais longe do direito. A desnecessária familiaridade com aqueles que não têm nenhum respeito para com Deus, seduz-nos antes que disto tenhamos conhecimento. O temor de ofendermos nossos amigos do mundo, impedir-nos-á de expressar nossa gratidão a Deus ou reconhecer nossa dependência dEle. CSa 459 1 Devemos manter-nos cingidos à Palavra de Deus. Precisamos de suas admoestações e incentivos, de suas advertências e promessas. Necessitamos do exemplo perfeito encontrado unicamente na vida e caráter de nosso Salvador. Os anjos de Deus guardarão o Seu povo enquanto este trilhar o caminho do dever, mas não existe certeza alguma dessa proteção para os que deliberadamente se colocam no terreno de Satanás. Um agente do grande impostor dirá e fará qualquer coisa para alcançar o seu objetivo. Pouco importa se ele se chama espírita, "mágico" ou "hipnotizador". Por meio de pretensões enganosas, conquista ele a confiança do incauto. Pretende ele ler a história da vida e entender todos os problemas e aflições dos que a ele recorrem. Disfarçado em anjo de luz, enquanto as trevas do inferno estão em seu coração, manifesta grande interesse pelas mulheres que lhe pedem o conselho. Diz-lhes que todas as suas dificuldades são devidas a um matrimônio infeliz. Isto pode ser verdadeiro também; tal conselho, entretanto, não melhora a sua situação. Diz-lhes que elas precisam de amor e simpatia. Fingindo ter grande interesse por seu bem-estar, lança seu encantamento sobre suas confiantes vítimas, seduzindo-as como a serpente seduz o trêmulo pássaro. Sem demora estão elas inteiramente em seu poder, e o pecado, a desgraça e a ruína são o terrível resultado. CSa 459 2 Nossa única salvaguarda está na preservação dos antigos marcos: "À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:20. Ruína causada por Satanás CSa 460 1 Por meio do espiritismo Satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando as doenças do povo e pretendendo apresentar um novo e mais elevado sistema de fé religiosa; ao mesmo tempo, porém, ele opera como destruidor. Suas tentações estão levando multidões à ruína. A intemperança destrona a razão; seguem-se a satisfação sensual, a contenda e a matança. Satanás deleita-se na guerra; pois esta excita as mais vis paixões da alma, arrastando então para a eternidade as suas vítimas engolfadas no vício e sangue. É seu objetivo incitar as nações à guerra umas contra as outras; pois pode assim desviar o espírito do povo da obra de preparo para estar em pé no dia de Deus. CSa 460 2 Satanás também opera por meio dos elementos a fim de enceleirar sua messe de almas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da Natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. Quando lhe foi permitido afligir a Jó, quão rapidamente rebanhos e gado, servos, casas, filhos, foram assolados, seguindo-se em um momento uma desgraça a outra! É Deus que protege as Suas criaturas, guardando-as do poder do destruidor. Mas o mundo cristão mostrou desdém pela lei de Jeová; e o Senhor fará exatamente o que declarou que faria: retirará Suas bênçãos da Terra, removendo Seu cuidado protetor dos que se estão revelando contra a Sua lei, e ensinando e forçando outros a fazerem o mesmo. Satanás exerce domínio sobre todos os que Deus não guarda especialmente. Ajudará e fará prosperar alguns, a fim de favorecer os seus próprios intuitos; trará calamidade sobre outros, e levará os homens a crer que é Deus que os aflige.* CSa 461 1 Ao mesmo tempo em que aparece aos filhos dos homens como grande médico que pode curar todas as enfermidades, trará moléstias e desgraças até que cidades populosas se reduzam a ruína e desolação. Mesmo agora está ele em atividade. Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo seu poder. Destrói a seara que está a amadurar, e seguem-se fome, angústia. Comunica ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência. Estas visitações devem tornar-se mais e mais freqüentes e desastrosas. A destruição será tanto sobre o homem como sobre os animais. "A Terra pranteia e se murcha", "enfraquecem os mais altos do povo. ... Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna." Isaías 24:4, 5. CSa 461 2 Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de Deus. Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? Não serão muitas almas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, o espírito de muitos se está preparando para receber esses milagres de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo secundado de oração e aplicado praticamente, será nosso escudo contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo. -- Testimonies for the Church 1:302 (1862). O colportor um professor CSa 462 1 A questão da temperança deve receber apoio do povo de Deus. A intemperança luta pela ascendência; cresce a satisfação própria, e são grandemente necessárias as publicações que tratam da reforma de saúde. Os escritos a esse respeito são a mão auxiliadora do evangelho, levando almas a examinar a Bíblia em busca de melhor compreensão da verdade. Importa fazer soar a nota de advertência contra o grande mal da intemperança; e para que isto possa ser feito, todo guardador do sábado deve estudar e observar as instruções contidas em nossas revistas de saúde, bem como os livros que tratam desse ponto. E devem fazer mais que isto; empregar diligentes esforços para pôr em circulação essas publicações entre seus vizinhos. CSa 462 2 A venda de nossa literatura sobre saúde de modo algum atrapalhará a venda de publicações que se relacionam com outros ramos da terceira mensagem angélica. Devem todos preparar o caminho para a vinda do Senhor. O valor de nossas publicações CSa 462 3 Cumpre aos colportores chamarem a atenção daqueles a quem visitam com as nossa publicações sobre saúde, falando-lhes da valiosa instrução que contêm estes periódicos com respeito ao cuidado dos enfermos e ao tratamento das doenças. Dizei-lhes que estas instruções, estudadas e praticadas, levarão saúde à família. Explicai quão importante é que cada família compreenda a ciência da vida. Dirigi-lhes a mente para Aquele que formou e que mantém em movimento o maravilhoso mecanismo do corpo. Dizei-lhes que é nossa obrigação cooperar com Deus, cuidando sabiamente de todas as nossas faculdades e órgãos. O cuidado apropriado do corpo é um grande dever e exige* conhecimento inteligente de suas partes. Dizei-lhes que Deus é desonrado quando, pela satisfação do apetite e paixão, o homem emprega mal o maquinismo do corpo, de maneira que este realiza o seu trabalho ineficazmente e com dificuldade. Afirmai-lhes que os livros que tendes para vender dão muitas instruções valiosas atinentes à saúde, e que, ao praticarem estas instruções, muito sofrimento, e também muito do dinheiro gasto em pagar contas de médicos, serão evitados. Dizei-lhes que há nestes livros informações que possivelmente não poderão conseguir de seu médico durante as breves visitas que ele faz. Ensinando pelo exemplo CSa 463 1 Em sua associação com aqueles com quem se encontra, pode o colportor fazer muito no sentido de mostrar o valor do viver sadio. Em lugar de hospedar-se em um hotel, deve ele, se possível, conseguir pousada numa casa de família. Ao assentar-se à mesa com a família, pratique ele os ensinamentos contidos nos livros de saúde que está vendendo, mantendo erguida a bandeira da estrita temperança. Quando se oferecer oportunidade, que ele fale do valor do regime alimentar sadio. Jamais deve ele envergonhar-se de dizer: "Não, muito obrigado; não como carne." Caso se ofereça chá, que ele o recuse, explicando que é prejudicial, que embora estimule por algum tempo, o efeito estimulante desaparece, e é deixada uma depressão correspondente. Que ele explique o efeito danoso das bebidas intoxicantes, do fumo, do chá, do café sobre os órgãos digestivos e o cérebro. Ministrando aos doentes CSa 463 2 Ao ir de lugar em lugar, encontrará o colportor muitos que estão doentes. Deve ele ter um conhecimento prático das causas das enfermidades, e deve saber como fazer tratamentos simples, para que possa aliviar os sofredores. Mais do que isto, deve orar com fé e simplicidade pelo doente, apontando-lhe o Grande Médico. Ao assim andar e trabalhar com Deus, anjos ministradores estão ao seu lado, dando-lhe acesso aos corações. Que campo vasto para o trabalho missionário estende-se diante do fiel e consagrado colportor! Que bênção lhe advirá no diligente desempenho de seu trabalho! Uma sagrada e importante obra CSa 464 1 Moços e moças, sois chamados pelo Mestre para dedicar-vos à Sua obra. Suas reivindicações são por demais sagradas para com elas se brincar. Peço-vos, em nome do Senhor, que vençais todo apetite e paixão ilícitos, e que purifiqueis as vossas almas pela fé na verdade. Sede vitoriosos pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do vosso testemunho. Cumpri fielmente vossas obrigações, suplicando forças a Deus. CSa 464 2 Membros de igreja, despertai para a importância da distribuição de nossa literatura, e dedicai mais tempo a esse trabalho. Colocai nos lares das pessoas periódicos, folhetos e livros que falem do evangelho em seus diversos aspectos. Não há tempo a perder. Que muitos se dediquem voluntária e desinteressadamente à obra da colportagem, e ajudem, assim, a fazer soar a grandemente necessária advertência. Ao assumir a igreja o trabalho que lhe é apontado, sairá ela "formosa como a Lua, brilhante como o Sol, formidável como um exército com bandeiras". Cantares 6:10. Distribuí a literatura CSa 465 1 Muitos pregadores haviam dirigido a palavra a grandes e atentas congregações na reunião campal em Roma, Nova Iorque, no domingo, 12 de Setembro de 1875. Na noite seguinte sonhei que um moço de aparência nobre entrou no quarto em que eu estava, imediatamente após eu ter falado. Essa mesma pessoa me tem aparecido em sonhos importantes para instruir-me de tempos em tempos durante os vinte e seis anos passados. Disse ele: Tendes chamado a atenção das pessoas para assuntos importantes, os quais, para um grande número, são estranhos e novos. Para alguns são grandemente interessantes. Os que trabalham na palavra e na doutrina fizeram o que podiam para apresentar a verdade, a qual tem suscitado interrogações nas mentes e despertado o interesse. A menos, porém, que haja um cabal esforço para fixar essas impressões nas mentes, vossos esforços agora feitos se demonstrarão quase infrutíferos. Satanás tem muitas atrações prontas para desviar a mente, e os cuidados desta vida e as seduções das riquezas se combinam para sufocar a semente da verdade semeada no coração, e na maioria dos casos ela não produz fruto algum. CSa 465 2 Em todo esforço como o que agora estais fazendo, haveria resultados muito mais satisfatórios do vosso trabalho se dispusésseis de material de leitura pronto para distribuição. Dever-se-iam distribuir livremente folhetos sobre os pontos importantes da verdade para o presente tempo para todos que desejassem aceitá-los, sem dinheiro e sem preço, os quais poderiam finalmente resultar em uma devolução centuplicada à tesouraria. Deveis semear sobre todas as águas. CSa 465 3 A imprensa é um meio poderoso para despertar a mente e o coração das pessoas. E os homens deste mundo lançam mão* da imprensa e a tornam a maior de todas as oportunidades para colocar perante o povo literatura venenosa. Se os homens que se acham sob a influência do espírito do mundo e de Satanás são ativos em espalhar livros, folhetos e revistas de natureza corruptora, deveis ser mais zelosos em pôr material de leitura de caráter elevado e salvador perante o povo. Folhetos sobre a reforma de saúde CSa 466 1 Devem-se fazer esforços mais intensos no sentido de esclarecer o povo sobre o grande assunto da reforma de saúde. Folhetos de quatro, oito, doze, dezesseis e mais páginas, que contenham artigos apropriados e bem escritos sobre essa grande questão, devem ser espalhados como folhas do outono. Folhetos em muitas línguas CSa 466 2 Pequenos folhetos sobre pontos diversos da verdade da Bíblia, que se aplicam ao tempo presente, devem ser impressos em várias línguas e espalhados onde houver qualquer probabilidade de que sejam lidos. Deus colocou à disposição de Seu povo vantagens na imprensa que, em combinação com outros meios, serão bem-sucedidas na ampliação do conhecimento da verdade. Folhetos, revistas e livros, conforme o exija o caso, devem ser distribuídos em todas as cidades e vilas da Terra. Há trabalho missionário no qual todos podem empenhar-se. O convite CSa 466 3 "O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida." Lições objetivas na reforma de saúde CSa 467 1 Constituem, as grandes reuniões de nosso povo, uma excelente oportunidade para se ilustrarem os princípios da reforma de saúde. Falava-se muito, alguns anos atrás, nessas reuniões, a respeito da reforma de saúde e dos benefícios do regime vegetariano; ao mesmo tempo, porém, ofereciam-se alimentos cárneos na tenda-refeitório, e diversos artigos prejudiciais de alimentação eram vendidos no posto de abastecimento. A fé sem as obras é morta; e a instrução sobre a reforma de saúde, contestada pela prática, não causa impressão mais profunda. Em reuniões campais posteriores, os encarregados têm ensinado pela prática, bem como por preceito. Nenhum alimento cárneo tem sido oferecido na tenda-refeitório, mas se têm oferecido frutas, cereais e verduras em abundância. Quando os visitantes fazem perguntas com respeito à ausência de carne, a razão claramente apresentada é que a carne não é a alimentação mais saudável. CSa 467 2 Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados, possuem uma influência poderosa. CSa 467 3 Deve-se dar ao povo instrução sobre assuntos de saúde na reunião campal. Em nossas reuniões na Austrália, faziam-se diariamente preleções sobre assuntos de saúde, e foi despertado um profundo interesse. Havia no terreno uma tenda para uso dos médicos e enfermeiras, e instruções médicas eram dadas livremente, e pedidas por muitos. Milhares de pessoas assistiam às preleções, e no encerramento da reunião campal as pessoas não ficavam satisfeitas a ponto de permitirem que o assunto se encerrasse com o que já haviam aprendido. Em* várias cidades onde se realizavam reuniões campais, alguns dos principais cidadãos faziam apelos para que se estabelecesse um sanatório filial, prometendo sua cooperação. O trabalho tem sido iniciado em diversas cidades com excelente sucesso. Dirigida de maneira adequada, uma instituição de saúde dá nome à nossa obra em novos campos. E não é apenas um benefício para as pessoas, mas os obreiros com ela relacionados podem ser um auxílio para os que trabalham em setores evangelísticos. CSa 468 1 Em toda cidade onde temos uma igreja, há necessidade de um lugar no qual se possa aplicar tratamento. Poucos há, entre os nossos membros de igreja, que podem fornecer salas e facilidades para o cuidado adequado dos doentes. Deve-se prover um lugar no qual se possam tratar as doenças comuns. A construção pode ser pouco atrativa e mesmo rude, mas deve proporcionar as facilidades em favor da aplicação de tratamentos simples. Sabiamente empregados, demonstrar-se-ão estes uma bênção não só para o nosso próprio povo, mas para seus vizinhos, e podem tornar-se um meio de chamar a atenção de muitos para os princípios de saúde. CSa 468 2 É plano do Senhor que em toda parte de nosso mundo se estabeleçam instituições de saúde como um ramo do trabalho do evangelho. Devem, essas instituições, ser Suas agências para ensinar uma classe à qual nenhuma outra coisa alcançará. Não precisam ser grandes construções, mas devem ser bem arranjadas para que possam realizar trabalho eficaz. CSa 468 3 Podem-se realizar começos em todo lugar de importância no qual forem feitas reuniões campais. Dai origem a pequenos começos, e ampliai-os conforme o exigirem as circunstâncias. Calculai o custo de cada empreendimento, para que possais estar certos de que sois capazes de terminar. Retirai o mínimo possível da tesouraria. Necessitam-se homens de fé e habilidade financeira para planejarem economicamente. Nossos sanatórios devem ser construídos com uma despesa limitada de fundos. As construções nas quais começar a obra, podem, muitas vezes, ser conseguidas por baixo preço. Por que dirigir sanatórios? CSa 469 1 Em cartas recebidas de nossos irmãos, fazem-se perguntas: Por que se emprega tanto esforço na construção de sanatórios? Por que não oramos pela saúde dos enfermos, em lugar de termos sanatórios? CSa 469 2 Estas perguntas encerram mais do que parecem à primeira vista. No começo da história de nossa obra, muitos eram curados pela oração. E, após terem sido curados, alguns seguiam a mesma conduta que haviam adotado no passado quanto à condescendência com o apetite. Não viviam e trabalhavam de maneira que evitassem a doença. Não demonstravam ter apreciado a bondade do Senhor para com eles. Vez após vez eram eles levados a sofrer por sua própria conduta descuidada e irrefletida. Como podia o Senhor ser glorificado ao conferir-lhes o dom da saúde? CSa 469 3 Ao vir a instrução para que começássemos a obra do sanatório, foram dadas claramente as razões. Havia muitos que precisavam ser instruídos com respeito ao viver saudável. Em se desenvolvendo a obra, fomos instruídos no sentido de que se deviam providenciar lugares apropriados, para os quais devíamos trazer os enfermos e sofredores que nada conheciam de nosso povo e sabiam muito pouco da Bíblia, e lhes ensinássemos aí como reaverem a saúde pelos métodos racionais de tratamento sem contar com o recurso do uso de drogas venenosas, e ao mesmo tempo cercá-las de influências espirituais enaltecedoras. Como parte do tratamento, deviam-se fazer preleções sobre hábitos corretos no comer, no beber e no vestir. Deviam-se dar instruções concernentes à seleção e preparo dos alimentos, mostrando que a alimentação pode ser preparada de maneira a tornar-se saudável e nutritiva, e ao mesmo tempo apetitosa e agradável.* CSa 470 1 Em todas as nossas instituições médicas, devem os pacientes ser sistemática e cuidadosamente instruídos sobre como evitar as doenças por meio de uma sábia maneira de agir. Por meio de preleções e da prática coerente dos princípios do viver sadio por parte de médicos e enfermeiras consagrados, o entendimento obscurecido de muitos será aberto, e as verdades das quais jamais tiveram idéia antes serão gravadas na mente. Muitos enfermos serão levados a manter o corpo na melhor condição de saúde possível, pois ele é a possessão adquirida do Senhor. ... CSa 470 2 Após mostrarmos às pessoas que possuímos princípios elevados com respeito à reforma da saúde, devemos então dedicar-nos à questão da temperança em todos os seus aspectos, e promovê-la a fundo. CSa 470 3 É para salvar a alma, bem como para curar o corpo, dos homens e mulheres, que os nossos sanatórios são estabelecidos a muito custo. Deseja Deus que por meio desses instrumentos de Sua própria planificação, ricos e pobres, elevados e humildes, encontrem o pão do Céu e a água da vida. Deseja Ele que estes sejam instruídos nos hábitos corretos de viver, tanto físicos como espirituais. A salvação de muitas almas está em jogo. Na providência de Deus, deve-se dar a muitos doentes a oportunidade de se separarem por algum tempo das associações e ambientes prejudiciais, e de se colocarem em instituições nas quais possam receber tratamentos restauradores da saúde e instrução sábia de enfermeiras e médicos cristãos. O estabelecimento de sanatórios é uma medida providencial, por meio da qual pessoas de todas as igrejas devem ser alcançadas e informadas da verdade para este tempo. ------------------------Seção 10 -- Obra de alimentação saudável O preparo de alimentos saudáveis CSa 471 0 Cooranbong, N.S.W., 10 de Março de 1900 CSa 471 1 No decorrer da noite passada muitas coisas me foram reveladas. A confecção e venda de alimentos saudáveis requererá atenta consideração, acompanhada de oração. CSa 471 2 Há em muitos lugares muitas mentes a quem o Senhor por certo concederá o conhecimento da confecção de alimentos saudáveis e apetitosos, se Ele vir que irão usar esse conhecimento na maneira correta. Estão-se os animais tornando mais e mais enfermos, e não demorará muito até que o alimento cárneo tenha que ser abandonado por muitos, além dos adventistas do sétimo dia. Devem ser preparados alimentos saudáveis e nutritivos, para que os homens e mulheres não tenham que comer carne. CSa 471 3 O Senhor ensinará a muitos, em toda parte do mundo, a combinar frutas, cereais e verduras numa alimentação que sustenha a vida e não produza doença. Os que nunca viram as receitas dos alimentos saudáveis que agora há a venda, procederão inteligentemente com experimentar os alimentos que a terra produz, e ser-lhes-á concedido entendimento no tocante a esses produtos. O Senhor lhes mostrará o que fazerem. CSa 471 4 Aquele que concede perícia e sabedoria ao Seu povo numa parte do mundo, concederá perícia e sabedoria ao seu povo noutras partes do mundo. É Seu desígnio que as preciosidades alimentares de cada país sejam preparadas de forma tal que possam ser usadas nos países a que se destinam. Assim como Deus forneceu do Céu o maná para sustento dos filhos de Israel, também dará ao Seu povo, em diferentes lugares, perícia e* sabedoria para usarem os produtos desses países no preparo de alimentos que substituam a carne. Esses alimentos deverão ser feitos nos diferentes países; o seu transporte de um país para outro torna-os tão dispendiosos que os pobres não podem adquiri-los. Nunca convirá confiar na América [do Norte] para o fornecimento, a outros países, de alimentos saudáveis. Grande dificuldade haverá para não sofrer prejuízos com os artigos importados. CSa 472 1 Todos os que lidam com alimentos saudáveis devem trabalhar sem egoísmo em benefício dos seus semelhantes. A menos que os homens permitam que o Senhor lhes guie a mente, surgirão dificuldades incontáveis ao serem estes diversos indivíduos empregados nesta obra. Ao conceder o Senhor habilidade e entendimento a alguém, deve esta pessoa lembrar-se de que sua sabedoria não lhe foi dada unicamente para o seu benefício, senão para que com ela possa auxiliar os outros. Deve-se comunicar o conhecimento aos outros CSa 472 2 Homem algum deve pensar que possui todo o conhecimento relativo à preparação de alimentos saudáveis, e que apenas ele tem o direito de utilizar os tesouros do Senhor da terra e das árvores nesta obra. Homem nenhum deve sentir-se livre para usar segundo a sua vontade o conhecimento que sobre este assunto lhe foi outorgado por Deus. "De graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:8. CSa 472 3 Compete-nos ser sábios no preparo de alimentos saudáveis, simples e baratos. Muitos dentre o nosso povo são pobres, e devem ser produzidos alimentos saudáveis que possam ser supridos a preços que estejam ao seu alcance. É desígnio do Senhor que as pessoas mais pobres de cada lugar se supram de alimentos saudáveis e baratos. Em muitos lugares deverão ser instaladas indústrias para a confecção desses alimentos. O que constitui uma bênção para a obra num lugar, sê-lo-á também noutro, onde o dinheiro é mais difícil de ganhar. CSa 473 1 Deus está atuando em favor de Seu povo. Ele não quer que fiquem sem recursos. Está reconduzindo-os ao regime alimentar fornecido originalmente ao homem. Esse regime deve consistir em alimentos feitos com produtos que Ele proveu. Os produtos principais usados na confecção desses alimentos serão frutas, cereais e frutos oleaginosos, mas várias raízes também serão usadas. CSa 473 2 Os lucros obtidos com esses alimentos deverão provir em grande parte do mundo, e não do povo do Senhor. O povo de Deus tem que sustentar a Sua obra; deverão penetrar em campos novos e instalar igrejas. Sobre eles recai a responsabilidade de muitos empreendimentos missionários. Nenhuma obrigação desnecessária deverá sobre eles pesar. Para o Seu povo, Deus é um arrimo presente em todo tempo de necessidade. CSa 473 3 Grande cuidado deverá ser exercido pelos que preparam receitas para as nossas revistas de saúde. Alguns dos alimentos especiais que são agora preparados poderão ser melhorados, e os nossos planos referentes ao seu uso terão que ser alterados. Algumas pessoas têm abusado dos pratos que contêm frutos oleaginosos. Algumas me têm escrito, dizendo: "Não podemos usar alimentos que contenham frutos oleaginosos; que deverei usar em substituição da carne?" Uma noite me pareceu estar perante um grupo de pessoas, dizendo-lhes que as nozes são por elas usadas em quantidade demasiada no preparo dos alimentos; que o organismo não as pode suportar quando usadas na quantidade em que aparecem em certas receitas apresentadas; e que, se fossem usadas em menor quantidade os resultados seriam mais satisfatórios. O valor das frutas frescas CSa 473 4 O Senhor quer que os que vivem em países onde é possível obterem-se frutas frescas em grande parte do ano, se compenetrem da bênção que têm nessas frutas. Quanto maior for o uso que fizermos de frutas frescas, tais como são apanhadas da árvore, maior será a bênção. Algumas pessoas, depois de adotarem regime vegetariano, voltam ao uso da alimentação cárnea. Isso é grande insensatez, e revela falta de conhecimento da maneira de prover o alimento que substitui a carne. CSa 474 1 Escolas culinárias, dirigidas por instrutores peritos, deverão ser instaladas na América [do Norte] e noutras terras. Tudo quanto nos for possível fazer, deverá ser feito, para mostrar ao povo o valor da reforma do regime alimentar. CSa 474 2 Há o perigo de que nossos restaurantes sejam dirigidos de tal maneira que nossos auxiliares trabalhem arduamente dia após dia e semana após semana, e ainda não sejam capazes de apontar qualquer realização boa. Este assunto necessita de consideração cuidadosa. Não temos o direito de comprometer nossos jovens em obra que não produz nenhum fruto para a glória de Deus. CSa 474 3 Embora considerado como um meio maravilhosamente bem-sucedido de fazer o bem, existe o perigo de que o trabalho de restaurante seja dirigido de tal maneira que promova apenas o bem-estar físico daqueles aos quais serve. Uma obra pode aparentemente levar as características da suprema excelência; ela, porém, não é boa aos olhos de Deus, a menos que esteja possuída de um desejo ardente de fazer Sua vontade e cumprir-Lhe o propósito. Se Deus não for reconhecido como o autor e consumador de nossos atos, estes serão pesados nas balanças do santuário, e achados em falta. -- Testimonies for the Church 7:120 (1902). Piedade prática CSa 474 4 O mundo será convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas por aquilo que a igreja vive. O ministro anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja lhe demonstra o poder. -- Serviço Cristão, 67. Educai o povo CSa 475 1 Onde quer que a verdade seja proclamada, deve ser ministrada instrução quanto ao preparo de alimentos saudáveis. Deus quer que em todo lugar o povo seja ensinado a usar judiciosamente os produtos que podem ser encontrados com facilidade. Instrutores peritos devem mostrar ao povo a utilização, para seu maior proveito, dos produtos que podem produzir ou conseguir na sua região do país. Assim, tanto os pobres como os que estão em melhores condições, poderão aprender a viver com boa saúde. CSa 475 2 Desde o início da obra da reforma do regime alimentar, consideramos necessário instruir, instruir, instruir. Deus quer que prossigamos nessa obra de instruir o povo. Não devemos dela descuidar-nos pelo temor do efeito que terá sobre a venda dos produtos alimentares preparados em nossas fábricas. Não é esse o assunto de maior importância. Nossa obra é mostrar ao povo como conseguir e preparar o alimento mais saudável, como poderão cooperar com Deus na restauração em si próprios, da sua imagem moral. CSa 475 3 Nossos obreiros devem exercer sua habilidade no preparo de alimentos saudáveis. Ninguém deve espreitar os segredos do Dr. Kellogg; todos, porém, devem saber que o Senhor está ensinando muitas mentes em muitos lugares a prepararem alimentos saudáveis. Muitos produtos há que, se preparados e combinados de maneira conveniente, podem ser transformados em alimentos que serão uma bênção para os que não podem comprar os alimentos saudáveis mais caros e preparados de maneira especial. Aquele que, na construção do tabernáculo, deu habilidade e entendimento em toda espécie de obra de arte, dará habilidade e entendimento ao Seu povo na combinação de produtos alimentares naturais, mostrando-lhes dessa forma como conseguir um regime alimentar saudável.* CSa 476 1 O conhecimento com respeito ao preparo de alimentos saudáveis é propriedade de Deus, e foi comunicado ao homem, a fim de que este possa transmiti-lo aos seus semelhantes. Ao dizer isso, não me refiro ao preparo especial feito pelo Dr. Kellogg e outros que estudaram durante muito tempo e gastaram muito para se aperfeiçoarem. Refiro-me especialmente ao preparo simples que todos podem obter para si mesmos, a instrução com respeito à qual se deve falar livremente aos que desejam viver com saúde, e especialmente aos pobres. CSa 476 2 É desígnio divino que em toda parte homens e mulheres sejam animados a desenvolver seus talentos pelo preparo de alimentos saudáveis dos produtos em estado natural, oriundos da sua própria região do país. Se recorrerem a Deus, exercendo perícia e habilidade sob a guia do Seu Espírito, aprenderão a transformar em alimentos saudáveis os produtos em estado natural. Conseguirão, dessa forma, ensinar os pobres a proverem-se de alimentos que substituirão a alimentação cárnea. Os que assim forem auxiliados, poderão por sua vez instruir outros. Semelhante trabalho será, ainda, feito com zelo e energia consagrados. Caso houvesse sido feito anteriormente, haveria hoje muitas mais pessoas na verdade, e muitas mais que poderiam ministrar instruções. Aprendamos qual é o nosso dever, e depois façamo-lo. Não devemos ficar na dependência de outros e incapacitados, confiando noutros para o trabalho que Deus nos confiou a nós. A seleção dos alimentos CSa 476 3 No uso dos alimentos devemos exercer discernimento e bom senso. Ao percebermos que certo alimento nos não convém, não precisamos escrever cartas de consulta para aprender a causa do distúrbio. Mudemos a dieta; usemos menor quantidade de alguns alimentos; experimentemos outras preparações. Logo saberemos o efeito que sobre nós tem certas combinações. Como seres inteligentes, estudemos individualmente os princípios e usemos a nossa experiência e discernimento para decidir quanto a que alimentos mais nos convêm. CSa 477 1 Os alimentos usados deverão adaptar-se às nossas ocupações e ao clima em que vivemos. Alguns alimentos convenientes num país não o serão noutro. CSa 477 2 Algumas pessoas há que mais proveito terão com abster-se de todo alimento durante um ou dois dias na semana, do que com qualquer quantidade de tratamentos ou orientação médica. O jejum de um dia na semana ser-lhes-ia de proveito incalculável. A seleção dos alimentos CSa 477 3 Foi-me instruído que o alimento composto de frutos oleaginosos é muitas vezes usado sem critério, que é usado em quantidade demasiada, e que alguns deles não são tão saudáveis quanto outros. A amêndoa é preferível ao amendoim; mas este, em pequena quantidade, pode ser usado juntamente com cereais para formar um alimento nutritivo e digesto. CSa 477 4 As azeitonas podem ser preparadas de modo tal que sejam comidas com bons resultados em cada refeição. O proveito visado com o uso da manteiga pode ser obtido substituindo-a por azeitonas devidamente preparadas. O óleo das azeitonas corrige a constipação, e para os tuberculosos e os que sofrem de inflamação e irritação do estômago, ele é melhor do que qualquer medicamento. Como alimento, é melhor do que qualquer gordura de segunda mão, de origem animal. CSa 477 5 Convir-nos-ia cozinhar menos e comer mais frutas em estado natural. Ensinemos o povo a comer abundantemente uvas, maçãs, pêssegos, pêras, amoras e toda outra espécie de frutas que seja possível conseguir. Sejam elas preparadas e conservadas para uso no inverno, usando-se quanto possível vidros, em vez de latas. CSa 477 6 No tocante ao alimento cárneo, devemos instruir o povo a nele não tocar. Seu uso é prejudicial ao melhor desenvolvimento das faculdades físicas, mentais e morais. Devemos fazer campanha decidida contra o uso do chá e do café. Convém, também, abster-se das sobremesas complicadas. Leite, ovos e manteiga não devem ser classificados como alimento cárneo. Nalguns casos o uso de ovos é proveitoso. Não chegou ainda o tempo de dizer que deva ser inteiramente abandonado o uso de leite e ovos. Famílias pobres existem, cuja alimentação consiste grandemente em pão e leite. Usam pouca fruta, e não podem comprar alimentos como as nozes. No ensino da reforma do regime alimentar, como em todo outro ramo do evangelho, devemos considerar as pessoas em sua verdadeira situação. Até que possamos ensiná-las a prepararem alimento saudável que seja apetitoso, nutritivo, e ao mesmo tempo econômico, não temos a liberdade de apresentar-lhes as sugestões mais avançadas referentes à reforma alimentar. A reforma deve ser progressiva CSa 478 1 Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. CSa 478 2 Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. Aprendam a viver de maneira saudável, ensinando a outros o que aprenderam. Partilhem esse conhecimento como o fariam com a instrução bíblica. Ensinem às pessoas a, evitando a grande quantidade de cozimentos que têm enchido o mundo de inválidos crônicos, preservarem a saúde e o vigor. Por preceito e exemplo, esclareçam que o alimento que Deus deu a Adão em seu estado isento de pecado, é o melhor para o uso do homem, ao buscar ele reaver esse estado de pureza. Ensinai com sabedoria CSa 479 1 Os que ensinam os princípios da reforma da saúde devem ser entendidos com respeito às doenças e suas causas, sabendo que toda ação do agente humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz dada por Deus sobre a reforma da saúde destina-se à nossa salvação e à salvação do mundo. Os homens e as mulheres devem ser informados quanto à habitação humana, preparada por Deus para ser o lugar de Sua morada, e da qual deseja que sejamos fiéis despenseiros. "Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo." 2 Coríntios 6:16. CSa 479 2 Mantende os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Apresentai os princípios da temperança em sua forma mais atrativa. Disseminai os livros que dão instrução a respeito do viver sadio. CSa 479 3 As pessoas encontram-se em extrema necessidade da luz que brilha das páginas de nossos livros e revistas sobre saúde. Deus deseja usar esses livros e revistas como meios através dos quais raios de luz atraiam a atenção das pessoas e lhes faça atender à advertência da mensagem do terceiro anjo. As revistas de saúde são instrumentalidades a realizarem no campo uma obra especial na disseminação da luz que os habitantes do mundo devem possuir neste dia de preparo de Deus. Exercem elas uma indizível influência no interesse da reforma de saúde, da temperança e pureza social, e realizam um grande benefício ao apresentarem às pessoas estes assuntos de maneira apropriada e no seu verdadeiro sentido. CSa 480 1 O Senhor tem estado a enviar-nos regra sobre regra, e, se rejeitarmos esses princípios, não estamos rejeitando o mensageiro que os ensina, mas Àquele que nos deu esses princípios. Sede portadores de luz CSa 480 2 Reforma, reforma contínua precisa ser mantida perante o povo, e por meio do nosso exemplo devemos confirmar o nosso ensino. A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar em prol da salvação de homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade do afastamento dos prazeres pecaminosos, que destroem a saúde, aviltam a alma e impedem a verdade divina de impressionar a mente. Homens e mulheres precisam ser ensinados a vigiarem atentamente todo hábito e prática, e imediatamente evitarem as coisas que produzem estado insalubre do organismo e conseqüente sombra escura sobre a mente. Deus quer que os Seus luminares se proponham sempre norma elevada. Por preceito e exemplo, devem manter elevada a sua norma perfeita acima da falsa norma de Satanás que, se for seguida, produzirá miséria, degradação, doença e morte, tanto do corpo como da alma. Os que alcançaram conhecimento acerca da maneira de comer, beber e vestir para a preservação da saúde, partilhem com outros esse conhecimento. Ministre-se aos pobres o evangelho da saúde, de modo prático, para que saibam cuidar devidamente do corpo, que é o templo do Espírito Santo. A obra de restaurantes CSa 481 1 Devemos fazer mais do que temos feito para alcançar as pessoas de nossas cidades. Não devemos erigir grandes edifícios nas cidades, mas repetidas vezes, foi-me esclarecido que devemos estabelecer em todas as nossas cidades pequenas instalações que se tornem centros de influência. CSa 481 2 O Senhor tem uma mensagem para as nossas cidades, e essa mensagem devemos proclamar em nossas reuniões campais, e por outras campanhas públicas, assim como por nossas publicações. Além disso, devem estabelecer-se restaurantes saudáveis nas cidades, e por eles deve ser proclamada a mensagem da temperança. Devem-se fazer arranjos para realizar reuniões em conexão com os nossos restaurantes. Sempre que possível, proveja-se um recinto aonde os clientes possam ser convidados para assistirem a conferências sobre a ciência da saúde e temperança cristã, onde recebam instrução sobre o preparo de alimento saudável, e sobre outros assuntos importantes. Nessas reuniões deve haver orações, cânticos e palestras, não só sobre temas de saúde e temperança, mas também sobre outros assuntos apropriados da Bíblia. Ao serem as pessoas ensinadas a preservarem a saúde física, encontrar-se-ão muitas oportunidades para semear as sementes do evangelho do reino. CSa 481 3 Os assuntos devem ser apresentados de tal maneira que impressionem favoravelmente as pessoas. Nada de cunho teatral deve existir nas reuniões. Os cânticos não devem ser entoados por uns poucos apenas. Todos os presentes devem ser animados a se juntarem no serviço de canto. Há os que possuem o dom especial de cantar, e vezes há em que uma mensagem especial é transmitida por meio do cântico entoado por uma única pessoa ou por várias pessoas juntas. Raras vezes,* porém, deve o cântico ser entoado por uns poucos. A habilidade do canto é um talento de influência, que Deus deseja que todos cultivem e usem para glória do Seu nome. O uso de literatura CSa 482 1 Aos que vêm ter a nossos restaurantes deve ser suprida leitura. Deve-se-lhes chamar a atenção para nossa literatura sobre temperança e reforma dietética, e devem-lhes ser dados também folhetos que tratem das lições de Cristo. O encargo de suprir semelhante leitura deve ser partilhado por todo o nosso povo. A todos os que vêm deve ser dada alguma coisa para ler. Pode ser que muitos deixem intato o folheto, mas alguns dentre aqueles em cujas mãos o colocais podem estar em procura da luz. Estes lerão e estudarão o que lhes dais, e depois o passarão a outros. CSa 482 2 Devem os obreiros de nossos restaurantes viver em tão íntima ligação com Deus que reconheçam os impulsos de Seu Espírito para falarem pessoalmente a respeito das coisas espirituais a esta ou àquela pessoa que vem ao restaurante. Quando o eu for crucificado e Cristo formado no íntimo, a esperança da glória, revelaremos por pensamento, palavras e atos a realidade de nossa crença na verdade. O Senhor será conosco, e o Espírito Santo operará por nosso intermédio para alcançarmos os que se encontram longe de Cristo. CSa 482 3 Fez-me o Senhor saber que esta é a obra que deve ser feita por aqueles que dirigem nossos restaurantes. Não deve a pressão e o atropelo dos negócios levar à negligência do trabalho de salvar almas. É bom satisfazer as necessidades físicas de nossos semelhantes; se, porém, não são encontradas maneiras de se permitir que a luz do evangelho brilhe para os que acorrem diariamente às suas refeições, como pode Deus ser glorificado por nossa obra? CSa 482 4 Ao ser iniciada a obra de restaurantes, esperava-se que ela se tornasse o meio de alcançar a muitos com a mensagem da verdade presente. Realizou ela isto? Aos obreiros de nossos restaurantes foi feita a pergunta por Aquele que possui autoridade: "A quantos tendes falado com respeito à Sua salvação? Quantos têm ouvido dos vossos lábios apelos veementes para que aceitem a Cristo como Salvador pessoal? Quantos têm sido levados por vossas palavras a se voltarem do pecado para o serviço do Deus vivo?" CSa 483 1 Ao serem as pessoas, em nossos restaurantes, supridas do alimento temporal, não devem os obreiros esquecer-se de que eles próprios, e aqueles a quem servem, necessitam ser constantemente alimentados com o pão do Céu. Devem eles estar constantemente à espera de oportunidades para falarem da verdade aos que não a conhecem. O cuidado dos auxiliares CSa 483 2 Os gerentes de nossos restaurantes devem trabalhar em favor da salvação dos empregados. Não devem eles sobrecarregar-se, pois em assim fazendo se colocarão a si mesmos onde não terão nenhum vigor nem inclinação para auxiliarem espiritualmente os obreiros. Devem eles empregar suas melhores energias em instruir seus empregados em questões espirituais, explicando-lhes as Escrituras e orando com eles e por eles. Devem preservar os interesses religiosos de seus auxiliares tão cuidadosamente como os pais devem guardar os interesses religiosos de seus filhos. Paciente e ternamente devem eles velar pelos empregados, fazendo tudo o que estiver ao seu alcance para auxiliá-los no aperfeiçoamento do caráter cristão. Devem suas palavras ser semelhantes a maçãs de ouro em salvas de prata; devem suas ações estar isentas de todo traço de egoísmo e aspereza. Cumpre-lhes permanecer como um soldado, velando pelas almas como quem deve dar conta. Importa que se esforcem para manter seus auxiliares de pé em terreno vantajoso, onde sua coragem se torne cada vez mais forte, e sua fé em Deus cresça constantemente. CSa 484 1 A menos que nossos restaurantes sejam dirigidos dessa maneira, será necessário prevenir nosso povo contra enviar seus filhos a eles como obreiros. Muitos dos que freqüentam nossos restaurantes não trazem consigo os anjos de Deus; não desejam o companheirismo desses seres santos. Acompanha-os uma influência mundana, e para resistirem a essa influência precisam os obreiros estar intimamente ligados a Deus. Devem os gerentes de nossos restaurantes fazer mais para salvar os jovens em seus empregos. Devem eles envidar os maiores esforços para conservá-los vivos espiritualmente, de maneira que sua mente jovem não seja influenciada pelo espírito mundano com o qual são constantemente trazidos em contato. As meninas e as jovens de nossos restaurantes necessitam de um pastor. Cada uma delas necessita ser protegida pelas influências do lar. CSa 484 2 Há perigo de que os jovens, que entram como crentes em nossas instituições, e que desejam auxiliar na causa de Deus, tornem-se exaustos e desanimados, perdendo o zelo e a coragem, e se tornem frios e indiferentes. Não podemos apinhar estes jovens em quartos pequenos e escuros, e privá-los dos privilégios da vida do lar, e depois esperar que tenham uma experiência religiosa sadia. CSa 484 3 Importa que se elaborem planos sábios para o cuidado dos auxiliares em todas as nossas instituições, principalmente para os que estão empregados em nossos restaurantes. Devem ser conseguidos bons auxiliares, e providas todas as vantagens que os ajudem a crescer na graça e conhecimento de Cristo. Não devem eles ser deixados a mercê de circunstâncias ocasionais, sem nenhum tempo regular para orarem, e sem tempo de qualquer espécie para o estudo da Bíblia. Quando assim deixados, tornam-se desatentos e sem cuidado, indiferentes às realidades eternas. CSa 485 1 Devem estar ligados a cada restaurante um homem e sua esposa que possam agir como guardiães dos auxiliares -- um homem e uma mulher que amem o Salvador e as almas por quem Ele morreu, e que observem o caminho do Senhor. CSa 485 2 As jovens devem estar sob o cuidado de uma preceptora sábia e judiciosa -- uma mulher inteiramente convertida, que proteja cuidadosamente as obreiras, especialmente as mais jovens. CSa 485 3 Os obreiros devem sentir que têm um lar. São eles a mão auxiliadora de Deus, e devem ser tratados tão cuidadosa e ternamente como Cristo declarou que a criancinha a quem Ele pôs no meio dos Seus discípulos devia ser tratada. "Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em Mim", disse Ele, "melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar." "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus." Mateus 18:6, 10. O cuidado que se deve dispensar a estes empregados é uma das razões em favor de haver em uma grande cidade vários restaurantes pequenos em lugar de um restaurante grande. Esta, porém, não é a única razão por que será melhor estabelecer vários restaurantes pequenos em diferentes partes de nossas grandes cidades. Vantagens dos pequenos restaurantes CSa 485 4 Os restaurantes menores recomendarão os princípios da reforma de saúde tanto quanto os estabelecimentos maiores, e serão muito mais fáceis de dirigir. Não somos comissionados a alimentar o mundo, mas somos instruídos a ensinar o povo. Nos restaurantes menores não haverá tanto trabalho para fazer, e os auxiliares terão mais tempo para consagrar ao estudo da Palavra, mais tempo para aprenderem a fazer o seu trabalho corretamente, e mais tempo para responderem às perguntas dos clientes que estão desejosos de saber a respeito dos princípios da reforma de saúde. CSa 486 1 Se cumprirmos o propósito de Deus nesta obra, a justiça de Cristo irá à nossa frente, e a glória do Senhor será a nossa retaguarda. Se, porém, não houver nenhuma colheita de almas; se os auxiliares não forem, eles próprios, beneficiados; se não estiverem glorificando a Deus por palavra e por atos, por que devemos nós abrir e manter tais estabelecimentos? Se não podemos dirigir nossos restaurantes para glória de Deus; se não podemos exercer por meio deles uma forte influência religiosa, ser-nos-á preferível fechá-los e utilizar os talentos de nossos jovens em outros ramos da obra. Nossos restaurantes, entretanto, podem ser tão bem dirigidos que constituam um meio de salvar almas. Que peçamos fervorosamente ao Senhor humildade de coração, para que Ele possa ensinar-nos a andar na luz do Seu conselho, a compreender Sua Palavra, aceitá-la e a pô-la em prática. Ensinai as crianças a cozinhar CSa 486 2 Não negligencieis ensinar vossos filhos a cozinhar. Ao assim fazerdes comunicais-lhes os princípios que devem obter em sua educação religiosa. Ao dardes a vossos filhos lições de fisiologia, e lhes ensinardes a cozinhar com simplicidade e, não obstante, com habilidade, estais colocando o fundamento em favor dos ramos mais úteis da educação. Requer habilidade fazer pão leve e bom. Há religião na boa cozinha, e ponho em dúvida a religião daquela classe que é demasiado ignorante e demasiado falta de cuidado para aprender a cozinhar. -- Testimonies for the Church 2:537 (1870). Restaurantes nas grandes cidades CSa 487 1 Ao encontrar-me em Nova Iorque, no inverno de 1901, recebi esclarecimento com respeito à obra naquela grande cidade. Noite após noite passou perante mim a conduta que nossos irmãos deviam seguir. Na Grande Nova Iorque a mensagem deve ser espalhada como uma luz que alumia. Deus suscitará trabalhadores para esta obra, e Seus anjos irão à sua frente. Embora nossas grandes cidades estejam atingindo rapidamente uma condição semelhante à do mundo anterior ao Dilúvio; conquanto sejam elas como Sodoma pela iniqüidade; há, todavia, nelas muitas almas honestas que, ao ouvirem as alarmantes verdades da mensagem do advento, sentirão a persuasão do Espírito. Nova Iorque está pronta para ser trabalhada. Nessa grande cidade a mensagem da verdade será dada com o poder de Deus. O Senhor chama obreiros. Ele chama aqueles que adquiriram experiência na causa para que empunhem e levem avante no Seu temor a obra que deve ser feita em Nova Iorque e em outras grandes cidades da América. Ele pede também meios para serem usados nesta obra. CSa 487 2 Foi-me mostrado que não devemos ficar satisfeitos por termos um restaurante vegetariano em Brooklin, mas que se devem estabelecer outros noutros pontos da cidade. As pessoas que vivem em uma parte da Grande Nova Iorque não sabem o que se passa em outras partes dessa cidade imensa. Os homens e mulheres que comem nos restaurantes estabelecidos nos diversos lugares, tornar-se-ão conscientes de um melhoramento na saúde. Uma vez conquistada a sua confiança, estarão eles mais prontos a aceitar a mensagem da verdade especial de Deus. CSa 487 3 Onde quer que a obra médico-missionária for levada avante em nossas grandes cidades, devem-se estabelecer escolas culinárias; e onde houver uma obra educativo-missionária vigorosa em progresso, devem-se estabelecer restaurantes* saudáveis de alguma sorte, os quais darão uma ilustração prática da escolha apropriada e do preparo saudável dos alimentos. CSa 488 1 Quando me encontrava em Los Angeles, fui informada de que não somente nos vários pontos dessa cidade, mas em San Diego e em outros pontos turísticos do sul da Califórnia, deviam-se estabelecer restaurantes vegetarianos e salas para tratamento. Nossos esforços nesses setores devem incluir grandes logradouros à beira-mar. Como a voz de João Batista foi ouvida no deserto: "Preparai o caminho do Senhor", assim deve a voz dos mensageiros do Senhor ser ouvida nos grandes pontos turísticos e à beira-mar. Restaurantes e salas de tratamento CSa 488 2 Foi-me esclarecido que em muitas cidades é aconselhável relacionar um restaurante com salas de tratamento. Os dois podem cooperar na defesa de princípios retos. Em conexão com estes, é às vezes aconselhável obterem-se quartos que servirão de alojamento para os enfermos. Esses estabelecimentos servirão de fornecedores aos sanatórios localizados no campo, e de preferência devem ser administrados em prédios alugados. Não devemos erigir nas cidades grandes construções para nelas cuidarmos dos doentes, pois Deus mostrou claramente que os enfermos podem ser mais bem cuidados saindo das cidades. Em muitos lugares será necessário iniciar a obra dos sanatórios nas cidades; tanto quanto possível, porém, deve esta obra ser transferida para o campo tão logo possam ser adquiridos locais apropriados. -- Testimonies for the Church 7:60. Fechar no Sábado CSa 489 1 Alguém fez a pergunta: "Deverão os nossos restaurantes funcionar nos sábados?" Minha resposta é: Não, não! A observância do sábado é o nosso testemunho em prol de Deus -- a marca, o sinal, entre Ele e nós de que somos o Seu povo. Essa marca nunca deverá ser apagada. CSa 489 2 Caso os nossos obreiros fornecessem refeições em nossos restaurantes, justamente como o fazem durante toda a semana, a todas as pessoas que ali comparecessem, onde estaria o seu dia de repouso? Que oportunidade teriam de refazer as forças físicas e espirituais? CSa 489 3 Não faz muito tempo, foi-me concedido esclarecimento especial sobre esse assunto. Foi-me mostrado que iriam ser feitos esforços para demolir a nossa norma da observância do sábado; que os homens pediriam que os nossos restaurantes fossem abertos aos sábados; porém que isso nunca deveria ser feito. CSa 489 4 Tive a visão de uma cena. Era sexta-feira, em nosso restaurante de São Francisco. Vários obreiros estavam ocupados com o empacotamento de alimentos que poderiam ser com facilidade levados para casa pelas pessoas; e algumas delas estavam esperando que o seu pacote lhes fosse entregue. Perguntei o que significava aquilo, e os obreiros me disseram que alguns dos seus clientes estavam perplexos porque, pelo fechamento do restaurante, não lhes era possível, no sábado, conseguirem a mesma espécie de alimento a que estavam acostumados durante a semana. Reconhecendo o valor dos alimentos saudáveis que obtinham no restaurante, haviam protestado contra a privação que sofriam no sétimo dia, e pedido aos dirigentes do restaurante que o mantivessem aberto cada dia da semana, apontando-lhes o que iriam sofrer se isso não* fosse feito. "O que a senhora está vendo hoje", disseram os obreiros, "é a nossa resposta a esse pedido de alimentos saudáveis para o sábado. Essas pessoas levam, na sexta-feira, alimento que lhes dura até ao sábado, e dessa forma evitamos condenação pela recusa de abrir o restaurante no sábado." CSa 490 1 A fronteira de demarcação entre o nosso povo e o mundo deve sempre ser mantida insofismavelmente certa. A nossa plataforma é a lei de Deus, em que nos é mandado que observemos o sábado; pois, como está claramente mencionado no capítulo trinta e um de Êxodo, a observância do sábado é um sinal entre Deus e o Seu povo. "Certamente guardareis Meus sábados", declara Ele, "porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica. ... Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus, e a Terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-Se." CSa 490 2 Devemos atender a um "assim diz o Senhor", muito embora pela nossa obediência causemos grande estorvo aos que não manifestam respeito pelo sábado. Numa parte temos as supostas necessidades do homem; na outra, os mandamentos de Deus. Qual nos merece mais consideração? CSa 490 3 Em nossos sanatórios, o grupo de pacientes, juntamente com os médicos, enfermeiros e funcionários, devem ser alimentados no sábado, como qualquer família, com o mínimo trabalho possível. Nossos restaurantes, porém, não deverão funcionar no dia do sábado. Seja esse dia concedido aos obreiros para o culto a Deus. As portas fechadas no sábado assinalam o restaurante como um memorial de Deus, memorial que declara que o sétimo dia é o sábado, e que nele não deve ser feito trabalho algum desnecessário. CSa 491 1 Foi-me instruído que um dos motivos principais da instalação de restaurantes que sirvam alimento saudável, e salas de tratamento no centro das grandes cidades é que, por esse meio a atenção das pessoas influentes será atraída para a terceira mensagem angélica. Ao notarem que esses restaurantes são dirigidos de maneira inteiramente diversa da em que o são os restaurantes comuns, os homens perspicazes pôr-se-ão a inquirir acerca das razões para a diferença dos métodos comerciais, e investigarão os princípios que nos induzem a servir alimento melhor. Serão, assim, levados ao conhecimento da mensagem para este tempo. CSa 491 2 Ao verificarem os homens pensantes que os nossos restaurantes permanecem fechados no sábado, inquirirão acerca dos princípios que nos levam a cerrar as portas nesse dia. Ao responder-lhes às perguntas, teremos a oportunidade de familiarizá-los com as razões da nossa fé. Poderemos fornecer-lhes exemplares das nossas revistas e folhetos, a fim de que se habilitem para a compreensão da diferença existente entre "o que serve a Deus e o que O não serve". CSa 491 3 Nem todos quantos pertencem ao nosso povo são tão escrupulosos, no tocante à observância do sábado, quanto deveriam sê-lo. Ajude-os Deus a reformarem-se. Convém ao chefe de cada família assentar os pés firmemente na plataforma da obediência. A santidade do Sábado CSa 491 4 Tudo o que possivelmente pode ser feito nos seis dias que Deus vos deu, deve ser feito. Não deveis roubar a Deus em uma única hora do tempo santo. Grandes bênçãos são prometidas aos que têm o sábado em grande estima e compreendem as obrigações que sobre eles repousam com respeito à sua observância. -- Testimonies for the Church 2:702 (1871). Alimentos saudáveis em todos os países CSa 492 1 Fui instruída pelo Senhor a dizer que Ele não confiou a umas poucas pessoas toda a luz que deve ser recebida com respeito ao melhor preparo de alimentos saudáveis. ... CSa 492 2 Deus é o autor de toda sabedoria, de toda inteligência, de todo talento. Ele engrandecerá o Seu nome dando a muitas mentes sabedoria no preparo de alimentos saudáveis. E ao fazer Ele isto, a fabricação desses novos alimentos não deve ser considerada como infração dos direitos dos que já são fabricantes de alimentos saudáveis, embora em alguns sentidos os alimentos elaborados pelos diversos fabricantes sejam semelhantes. Deus usará homens comuns e lhes dará habilidade e entendimento no uso do fruto da terra. Ele reparte imparcialmente com Seus obreiros. Nem um é esquecido por Ele. Impressionará homens de negócio que guardam o sábado a estabelecerem indústrias que provejam emprego para Seu povo. Ensinará Seus servos a prepararem alimentos saudáveis menos dispendiosos, que possam ser comprados pelos pobres. CSa 492 3 Em todos os nossos planos devemos lembrar-nos de que a obra de alimentação saudável é propriedade de Deus, e que não deve tornar-se uma especulação financeira para lucro pessoal. É dom de Deus a Seu povo, e os lucros devem ser usados em benefício da humanidade sofredora em todo mundo. CSa 492 4 Especialmente nos Estados do sul da América do Norte, muitas coisas serão inventadas e proporcionadas muitas facilidades, para que os pobres e os necessitados possam ser mantidos pelas indústrias de alimentos saudáveis. Sob a orientação de professores que estejam trabalhando pela salvação de suas almas, serão eles ensinados a cultivar e preparar para alimentação aquilo que cresce mais rapidamente em sua região. -- Testimonies for the Church 7:128, 129 (1901). Nos Estados sulinos CSa 493 1 Tenho a transmitir uma mensagem com relação à parte sul. Temos uma grande obra a realizar neste campo. Sua condição é uma condenação a nosso cristianismo professo. Olhai para a sua falta de ministros, professores e médicos-missionários. Considerai a ignorância, a pobreza, a miséria, o sofrimento de muitas pessoas. E, não obstante, este campo está às nossas portas. Quão egoístas, quão desatentos, temos sido para com os nossos vizinhos! Temos passado insensivelmente por eles, pouco fazendo para aliviar-lhes os sofrimentos. Caso tivesse a comissão evangélica sido estudada e obedecida por nosso povo, o sul teria recebido sua parte proporcional de ministério. Se os que receberam a luz tivessem andado nela, teriam compreendido que sobre eles repousa a responsabilidade de cultivar a sua parte da vinha durante muito tempo negligenciada. CSa 493 2 Deus está convidando Seu povo a dar-Lhe dos meios que Ele lhes tem confiado, a fim de que possam ser estabelecidas instituições nos campos necessitados que estão maduros para a ceifa. Ele pede aos que têm dinheiro nos bancos que o ponham em circulação. Ao darmos de nossos meios para sustentar a obra de Deus, demonstramos de maneira prática que O amamos sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos. CSa 493 3 Que se fundem escolas e sanatórios agora em muitas partes dos Estados do sul. Que se estabeleçam centros de influência em muitas cidades do sul, abrindo armazéns para venda de alimentos e restaurantes vegetarianos. Que haja também facilidades para fabricação de alimentos saudáveis simples e barato. Mas não permitais que o egoísmo, a habilidade mundana, sejam introduzidos na obra, pois Deus proíbe isto. Que* homens abnegados tomem nas mãos esta obra no temor de Deus e com amor aos semelhantes. CSa 494 1 O esclarecimento que tive é que no setor sul, como em outros lugares, deve-se empreender a fabricação de alimentos saudáveis não como um meio de obter lucro pessoal, senão como uma atividade que Deus planejou, por meio da qual uma porta de esperança pode ser aberta para o povo. No sul, deve-se demonstrar consideração especial para com os pobres, os quais têm sido grandemente negligenciados. Homens de habilidade e economia devem ser escolhidos para levar avante a obra da alimentação; pois, a fim de torná-la um sucesso, devem-se exercer a maior sabedoria e poupança. Deus deseja que Seu povo realize um serviço agradável no preparo de alimentação saudável, não só para suas próprias famílias, que constituem sua principal responsabilidade, mas para auxiliar os pobres em toda parte. Devem eles mostrar liberalidade semelhante a de Cristo, sabendo que são representantes de Deus e que tudo o que possuem é dom Seu. CSa 494 2 Irmãos, assumi esta obra. Não deis nenhum lugar ao desânimo. Não critiqueis aos que se estão esforçando para fazer alguma coisa na direção certa, mas ide vós mesmos trabalhar. CSa 494 3 Em conexão com a atividade da alimentação saudável, podem-se estabelecer várias indústrias que serão um auxílio à causa no campo sulino. Tudo o que os homens podem fazer em favor deste campo como missionários de Deus, deve ser feito agora, pois se algum campo já necessitou da obra médico-missionária, este é o sul. Durante o tempo que passou para a eternidade, muitos deviam ter estado no sul, trabalhando juntamente com Deus na realização de obra pessoal e dando de seus meios para se manterem a si mesmos e a outros obreiros nesse campo. Como escola industrial CSa 495 1 A luz que me foi dada é que não demorará muito antes que tenhamos que abandonar o uso de qualquer alimentação animal. Mesmo o leite terá que ser deixado. As doenças se estão multiplicando rapidamente. A maldição de Deus jaz sobre a Terra, pois o homem a amaldiçoou. Os hábitos e práticas dos homens levaram a Terra a uma situação tal, que outro alimento que não o animal deve ser provido para a família humana. Não necessitamos de alimentação cárnea absolutamente. Deus pode dar-nos alguma coisa melhor do que esta. CSa 495 2 Quando estávamos falando acerca desta terra, foi dito: "Nada pode ser cultivado aqui." "Não obstante", disse eu, "o Senhor pode preparar uma mesa no deserto." Sob Sua direção, o alimento terá um efeito prolongado. Quando nos colocamos em relação correta para com Ele, Ele nos auxiliará, e o alimento que ingerimos em obediência à Sua pessoa nos satisfará. Podemos subsistir com muito menos alimento do que pensamos, se as bênçãos de Deus estiverem sobre o alimento; e se for para Sua glória Ele pode multiplicá-lo. CSa 495 3 Precisamos compreender que Deus está no movimento da reforma de saúde. Quando pomos Cristo nele, é justo que nos valhamos de toda probabilidade e possibilidade. CSa 495 4 A atividade da alimentação saudável deve estar ligada com nossa escola, e devemos fazer provisão para ela. Estamos construindo prédios para cuidar dos enfermos, e se exigirá alimento para os pacientes. Onde quer que se desperte interesse, devem-se ensinar às pessoas os princípios da reforma de saúde. Se este ramo da obra for introduzido, será a cunha de penetração para a obra de apresentação da verdade. A atividade da reforma de saúde deve ser aqui estabelecida. Deve ser uma das indústrias relacionadas com a escola. Deus me fez saber que os pais podem encontrar trabalho nesta indústria e enviar* seus filhos à escola. Mas tudo o que for feito deve ser feito com a maior simplicidade. Não se deve fazer nenhuma extravagância em coisa alguma. Deve-se fazer trabalho consistente, pois a menos que a obra seja feita de maneira sólida, o resultado será uma experiência desastrosa. ... A obra deve ser consistente. Assim que os auxiliares deste ramo da obra sejam dirigidos pelo Espírito Santo, o Senhor lhes dará tato e inteligência para a fabricação dos alimentos, da mesma forma que deu entendimento e habilidade aos obreiros encarregados do tabernáculo. Ele os habilitará a fazerem a espécie de obra certa na edificação do templo do corpo. ------------------------Seção 11 -- Obra médico-missionária A obra pioneira CSa 497 1 A obra médico-missionária é a obra pioneira do evangelho, a porta através da qual deve a verdade para este tempo encontrar entrada em muitos lares. O povo de Deus deve ser verdadeiro médico-missionário, pois devem aprender a atender as necessidades tanto da alma como do corpo. Nossos obreiros devem demonstrar o mais genuíno desprendimento quando, com o conhecimento e a experiência adquiridos pelo trabalho prático, saírem para tratar os enfermos. Ao irem eles de casa em casa encontrarão acesso a muitos corações. Muitos que de outra maneira jamais teriam ouvido a mensagem do evangelho, serão alcançados. A demonstração dos princípios da reforma de saúde muito fará no sentido de afastar o preconceito contra nossa obra evangélica. O Grande Médico, o originador da obra médico-missionária, abençoará a todos os que assim se esforçarem para comunicar a verdade para este tempo. CSa 497 2 A saúde física está intimamente ligada com a comissão evangélica. Quando Cristo enviou Seus discípulos em sua primeira viagem missionária, ordenou-lhes: "E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:7, 8. E quando, no final do Seu ministério terrestre, lhes deu sua comissão, disse: "E estes sinais seguirão aos que crerem: Em Meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano* algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." Marcos 16:17, 18. O médico amado CSa 498 1 A respeito dos discípulos, após a ascensão de Cristo, lemos: "E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram." Marcos 16:20. Lucas é chamado o "médico amado". Ele trabalhou juntamente com Paulo em Filipos, e ao deixar Paulo aquele lugar, Lucas continuou, prestando duplo serviço como médico e como ministro do evangelho. Ele era realmente médico-missionário, e sua habilidade médica abriu o caminho para que o evangelho alcançasse muitos corações. O exemplo de Cristo CSa 498 2 A comissão divina não necessita de nenhuma reforma. A maneira de Cristo pregar a verdade não pode ser aperfeiçoada. O Salvador deu lições práticas aos discípulos, ensinando-os a trabalharem de tal maneira que as almas se sentissem felizes na verdade. Ele simpatizava com os abatidos, os sobrecarregados, os oprimidos. Alimentava os famintos e curava os enfermos. Andava constantemente fazendo o bem. Por meio do bem que realizou, por Suas palavras amoráveis e atos de bondade, interpretou Ele o evangelho para os homens. CSa 498 3 Embora fosse breve o período de Seu ministério público, executou Ele a obra que veio fazer. Quão impressivas foram as verdades que ensinou! Quão completa a obra de Sua vida! Que alimento espiritual transmitia Ele ao apresentar o pão da vida a milhares de almas famintas! Sua vida foi um ministério vivo da palavra. Não prometeu nada que não cumprisse. CSa 498 4 As palavras de vida eram apresentadas com tanta simplicidade que uma criança podia entendê-las. Os homens, as mulheres e as crianças sentiam-se tão impressionados com Sua maneira de explicar as Escrituras que adquiriam a mesma entonação de Sua voz, colocavam a mesma inflexão em suas palavras e Lhe imitavam os gestos. Os jovens Lhe apreendiam o espírito de ministério e procuravam seguir-Lhe as maneiras graciosas, esforçando-se para prestar assistência aos que viam em necessidade de auxílio. CSa 499 1 Assim como determinamos o curso de um ribeiro pela linha de verdura que ele produz, de igual maneira podemos ver a Cristo nos atos de misericórdia que assinalaram o Seu caminho a cada passo. Aonde quer que fosse, surgia a saúde, e a felicidade se seguia por onde quer que passasse. Os cegos e os surdos regozijavam-se em Sua presença. Suas palavras abriam aos ignorantes a fonte da vida. Distribuía Suas bênçãos abundante e continuamente. Eram elas os acumulados tesouros da eternidade, dados em Cristo, o rico dom do Senhor ao homem. CSa 499 2 A obra de Cristo em favor do homem não está terminada. Prossegue ainda hoje. De maneira semelhante devem os Seus embaixadores pregar o evangelho e revelar Seu compassivo amor em favor das almas perdidas e a perecer. Por meio de abnegado interesse por aqueles que necessitam de auxílio, devem eles dar uma demonstração prática da verdade do evangelho. Esta obra compreende muito mais do que pregar sermões. A evangelização do mundo é a obra que Deus confiou aos que saem em Seu nome. Devem eles ser colaboradores de Cristo, revelando aos que estão prestes a perecer o Seu terno e compassivo amor. Deus chama a milhares para trabalharem para Ele, não para pregar aos que já conhecem a verdade para este tempo, mas para advertir os que jamais ouviram a última mensagem de misericórdia. Trabalhai com o coração cheio de um ardente amor pelas almas. Realizai obra missionário-médica. Dessa forma obtereis acesso ao coração das pessoas, e será preparado o caminho para uma proclamação mais decidida da verdade. CSa 500 1 Quem são os cooperadores de Cristo nesta abençoada obra médico-missionária? Quem aprendeu as lições do Mestre, e sabe como lidar habilmente com as almas, por quem Cristo morreu? Necessitamos, e quanto! de médicos que foram educados na escola de Cristo e que podem trabalhar pelas almas segundo as normas de Cristo. Nossa obra deve adquirir o conhecimento dAquele que é o caminho, a verdade, e a vida. Devemos interessar as pessoas em assuntos que se relacionam com a saúde do corpo, bem como com a da alma. Os fiéis têm uma mensagem decisiva a apresentar para prepararem o caminho para o reino de Deus. CSa 500 2 As grandes questões da verdade bíblica devem penetrar no próprio coração da sociedade, converter e reformar a homens e mulheres, levando-os a ver a grande necessidade de se prepararem para as mansões que Cristo declarou que prepararia para todos que O amam. Quando o Espírito Santo realizar Sua obra, os corações de pedra se tornarão em corações de carne, e Satanás não operará por intermédio deles para frustrar a obra para que Cristo veio à Terra. Necessidade de simpatia e apoio CSa 500 3 Doravante a obra médico-missionária deve ser levada avante com o maior zelo. Missões médicas devem ser abertas como instrumentalidades pioneiras da proclamação da mensagem do terceiro anjo. Quão grande é a necessidade de meios para se fazer essa espécie de obra! As missões médicas evangélicas não podem ser estabelecidas sem ajuda financeira. Todo empreendimento dessa natureza requer nossa simpatia e nossos meios, a fim de que se ofereçam as facilidades para tornar bem-sucedido o trabalho. CSa 500 4 Deve-se fazer uma obra especial nos lugares em que as pessoas estão constantemente indo de uma parte para outra. Cristo trabalhava em Cafarnaum muitas vezes por ser esse um lugar através do qual os viajantes estavam sempre passando e onde, via de regra permaneciam. CSa 501 1 Cristo ia ao encontro das pessoas onde elas estavam, e expunha perante elas as grandes verdades relacionadas com o Seu reino. Ao ir de lugar em lugar, abençoava e confortava os sofredores e curava os enfermos. Este é nosso trabalho. Pequenos grupos devem sair para fazer a obra que Cristo indicou aos Seus discípulos. Enquanto trabalham como evangelistas podem eles visitar os doentes, orar com eles e, se necessário, tratar deles, não com medicamentos, mas com os remédios providos pela Natureza. Pequenas instalações em muitos lugares CSa 501 2 Muitos lugares há que necessitam de obra médico-missionária, e neles devem se fundar pequenas instalações. Deus deseja que os nossos sanatórios se tornem um meio de alcançar elevados e humildes, ricos e pobres. Devem ser dirigidos de tal maneira que pelo seu trabalho se possa despertar a atenção para a mensagem que Deus enviou ao mundo. CSa 501 3 Que o Senhor aumente a nossa fé e nos ajude a ver que Ele deseja que todos nos relacionemos com a Sua obra de curar e com o trono de misericórdia. Deseja Ele que a luz de Sua graça resplandeça de muitos lugares. Aquele que conhece as necessidades do momento, toma providências para que se proporcionem ganhos aos obreiros em vários lugares, a fim de habilitá-los mais eficazmente a despertar a atenção das pessoas para as verdades que libertam tanto dos males físicos como espirituais. Devem-se exercer compaixão e simpatia CSa 501 4 A terna simpatia de nosso Salvador foi despertada para com a caída e sofredora humanidade. Se desejais ser Seus seguidores, deveis cultivar a compaixão e a simpatia. A indiferença para com os infortúnios humanos deve ceder lugar ao vivo interesse pelos sofrimentos dos outros. As viúvas, os órfãos, os enfermos e os moribundos, sempre necessitarão de auxílio. Eis uma oportunidade para proclamar o evangelho -- para apresentar a Jesus, a esperança e consolação de todos os homens. Quando o corpo sofredor é aliviado, abre-se o coração, e podeis verter nele o bálsamo celestial. Se estiverdes olhando para Jesus e haurindo dEle conhecimento, força e graça, podereis comunicar a outros a Sua consolação, pois o Consolador está convosco. CSa 502 1 Deparar-vos-eis com muito preconceito, uma grande medida de falso zelo e de falsa piedade; tanto em vossa pátria como nos campos estrangeiros, porém, encontrareis mais corações que Deus esteve preparando para a semente da verdade do que imaginais, e estes aclamarão com alegria a mensagem divina ao ser-lhes ela apresentada. CSa 502 2 Muitos estão sofrendo muito mais de enfermidades da alma do que de doenças físicas, e não encontrarão alívio algum até que vão a Cristo, o manancial da vida. O fardo do pecado, com sua inquietação e desejos insatisfeitos, encontra-se à base de uma grande parte dos sofrimentos que o pecador experimenta. Cristo é o Poderoso Médico da alma enferma pelo pecado. Essas pobres e aflitas almas precisam ter um conhecimento mais claro dAquele a quem conhecer corretamente é vida eterna. Necessitam ser paciente, bondosa e mesmo zelosamente ensinadas a abrir de par em par as janelas da alma e a permitirem que a luz do sol do amor de Deus penetre. As queixas de cansaço, solidão e insatisfação cessarão ao acontecer isto. As alegrias que satisfazem comunicarão vigor à mente, e saúde e energia vital ao corpo.* Evangelismo médico CSa 503 1 Melbourne, Austrália, 16 de Setembro de 1892 CSa 503 1 Estou grandemente interessada no assunto da obra missionário-médica e no preparo de homens e mulheres para essa obra. Desejaria que houvesse uma centena de enfermeiras em preparo onde existe uma. Assim devia ser. Tanto os homens como as mulheres podem ser muito mais úteis como médico-missionários do que como missionários sem instrução médica. Estou cada vez mais impressionada com o fato de que se deve dar um testemunho muito mais decisivo quanto a este assunto, de que se devem fazer esforços mais diretos para interessar as próprias pessoas, expondo perante elas as vantagens que todo missionário terá ao saber tratar daqueles que se acham doentes do corpo, bem como cuidar das almas enfermas pelo pecado. Esse duplo serviço dará àqueles que cooperarem com Deus acesso aos lares, e os habilitará a alcançar a todas as classes da sociedade. CSa 503 2 Um conhecimento inteligente da maneira de tratar as enfermidades de acordo com princípios de saúde conquistará a confiança de muitos que de outra forma não seriam alcançados pela verdade. Quando em aflição, muitos são humilhados no espírito, e as palavras em favor da verdade, pronunciadas com ternura por alguém que está procurando aliviar os sofrimentos físicos, podem tocar o coração. A oração -- breve, repassada da mais terna simpatia, que apresente o sofredor, com fé, ao Grande Médico -- inspirará neles uma confiança, uma paz e uma fé, que conduzirão à saúde tanto da alma como do corpo. CSa 503 3 Tenho ficado surpresa ao ser interrogada por médicos se não acho que seria mais agradável a Deus que eles deixassem sua atividade médica e entrassem no ministério. Estou* preparada para responder a uma pergunta dessa espécie: Se sois um cristão e um médico competente, estais qualificado para fazer o bem dez vezes mais como missionário de Deus do que se saísses apenas como pregador da Palavra. Eu aconselharia os moços e moças a darem atenção a este assunto. Encontram-se à nossa frente tempos perigosos. O mundo inteiro será envolvido em perplexidade e sofrimento; enfermidades de todos os tipos sobrevirão à família humana, e ignorância semelhante à que ora prevalece, no que diz respeito às leis da saúde, resultaria em grande sofrimento e perda de muitas vidas que poderiam ser salvas. CSa 504 1 Enquanto Satanás se acha incessantemente a realizar o seu maior esforço para tirar vantagem da ignorância dos homens e lançar o fundamento da enfermidade por meio de tratamento inadequado do corpo, é bom que aqueles que alegam ser filhos e filhas de Deus se beneficiem enquanto podem das oportunidades que ora se apresentam para conhecer o corpo humano e como é possível conservá-lo com saúde. Devemos utilizar todas as faculdades mentais que Deus nos concedeu. O Senhor não operará um milagre para conservar com saúde a qualquer pessoa que não fizer algum esforço para obter o conhecimento que está ao seu alcance, relacionado com esta maravilhosa habitação dada por Deus. Pelo estudo do organismo humano, devemos aprender a corrigir aquilo que estiver errado em nossos hábitos e que, se deixado sem corrigir, trariam como resultado certo, a doença e o sofrimento, que tornarão a vida um fardo. A sinceridade de nossas orações pode ser provada apenas pelo vigor do nosso empenho para obedecer aos mandamentos de Deus. Virtude de caráter CSa 504 2 Os hábitos e práticas maus estão trazendo sobre os homens enfermidades de todas as espécies. Que o entendimento seja convencido por meio da educação quanto à pecaminosidade de abusar das energias concedidas por Deus e degradá-las. Torne-se entendida a mente, e a vontade se coloque ao lado do Senhor, e haverá uma melhora maravilhosa da saúde física. Isto, porém, jamais pode ser efetuado pelo mero esforço humano. Juntamente com vigorosos esforços mediante a graça de Cristo para a renúncia de todas as más práticas e associações e para a observância de temperança em todas as coisas, deve haver uma permanente convicção de que o arrependimento pelo passado bem como o perdão, devem ser buscados de Deus mediante o sacrifício expiatório de Cristo. Essas coisas devem fazer parte da experiência diária; deve haver estrita vigilância e persistentes rogos para que Cristo traga em cativeiro, para Si mesmo, a todo pensamento; Seu poder restaurador deve ser comunicado à alma, para que, como seres responsáveis, possamos apresentar a Deus os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, que é o nosso culto racional. CSa 505 1 Despertarão suas energias adormecidas aqueles que dizem crer na solene, sagrada verdade para este tempo, e se colocarão na posição em que possam atrair para sua alma todo raio de luz que brilha em seu caminho? Deus pede a todos os que pretendem crer na verdade avançada, que exerça ao máximo toda faculdade para a aquisição de conhecimento. Se queremos elevar o padrão moral em qualquer país onde possamos ser chamados a ir, devemos começar corrigindo os seus hábitos físicos. A virtude do caráter depende da ação correta das faculdades da mente e do corpo. A ignorância voluntária um pecado CSa 505 2 Como um povo que recebeu muita luz, repousa sobre nós culpa, pois não temos apreciado ou dado valor à luz recebida quanto à reforma de saúde. Por meio da má compreensão e de idéias pervertidas, muitas almas são enganadas. Os que ensinam a verdade a outros e que devem ser pastores do rebanho, serão considerados responsáveis por sua ignorância voluntária e desrespeito às leis naturais. Este não é um assunto com o qual se deva brincar, que deva limitar-se a um gracejo. À medida que nos aproximamos do final da história da Terra, o egoísmo, a violência e o crime prevalecem como nos dias de Noé, quando o mundo antigo pereceu nas águas do dilúvio. Como pessoas que crêem na Bíblia, precisamos tomar a nossa posição ao lado da justiça e da verdade. CSa 506 1 À medida que a agressão religiosa destruir as liberdades de nossa nação, os que quiserem permanecer ao lado da liberdade de consciência serão colocados em situações desfavoráveis. Em seu próprio interesse, devem eles, enquanto têm oportunidade, tornar-se entendidos com respeito às doenças, suas causas, maneira de evitá-las e a cura. E os que isto fazem encontrarão um campo de trabalho em qualquer parte. Haverá sofredores, quantidade deles, que necessitarão de auxílio, não só entre os de nossa própria fé, mas principalmente entre aqueles que não conhecem a verdade. CSa 506 2 A exigüidade do tempo exige uma energia como não foi despertada entre os que professam crer na verdade presente. Há necessidade de religião individual, de arrependimento, de fé e amor. Oro para que haja um despertamento geral entre nós como um povo. Na força que Cristo comunica, devemos ser capazes de ensinar outros também a lutarem com aquelas paixões que a luz do Céu lhes indica que devem ser mortificadas. Que haja constante vigilância e oração incansável em favor da assistência do Espírito Santo, e valhamo-nos de todo auxílio e toda luz que Deus nos concedeu. Devem-se escolher jovens promissores CSa 506 3 Em quase todas as igrejas há jovens, moços e moças, que podem ser instruídos quer como enfermeiros quer como médicos. Jamais terão eles oportunidade mais favorável do que agora. Apelaria para que se estudasse este assunto com oração, que se fizesse esforço especial para escolher aqueles jovens que dão indicação de utilidade e força moral. Recebam eles instrução... para saírem como missionários para onde quer que o Senhor os chame para trabalhar. Deve-se conservar perante eles que seu trabalho não é apenas aliviar o sofrimento físico, mas socorrer as almas que estão prestes a perecer. É importante que todo que vier a agir como médico-missionário seja perito em socorrer à alma bem como ao corpo. Deve ele ser um imitador de Cristo, apresentando aos enfermos e sofredores a preciosidade da religião pura e imaculada. Enquanto faz tudo o que lhe é possível para lenir o sofrimento físico e preservar esta vida mortal, deve apontar a misericórdia e o amor de Jesus, o Grande Médico, que veio para que "todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna". João 3:16. CSa 507 1 Necessitam-se obreiros agora. Como um povo, não estamos fazendo a qüinquagésima parte do que poderíamos fazer como missionários ativos. Se tão-somente fôssemos vitalizados pelo Espírito Santo, haveria uma centena de missionários onde agora há um. Mas onde estão os missionários? Não possui a verdade para este tempo poder para inflamar as almas dos que professam nela crer? Quando há um chamado para trabalhar, por que há tantas vozes a dizerem: "Rogo-te que me hajas por escusado?" O estandarte da verdade deve ser firmado e exaltado neste país. Há grande necessidade de obreiros, e há muitas maneiras pelas quais podem eles trabalhar. Há trabalho tanto para os que se acham nas posições mais elevadas como nas mais humildes. ... Individualmente todos necessitam de um trabalho em seu próprio coração. Uma obra bem feita não pode ser realizada pelo instrumento humano sozinho. Para o pleno desenvolvimento e eficiência das energias intelectuais bem como espirituais, tem que haver uma ligação vital com Deus, uma comunhão com a mais elevada fonte de atividade. Então, com a alma a arder em zelo pelo Mestre, podemos ser uma bênção para os outros. Disse Jesus: "Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." João 4:14. Os que se tornam participantes da graça de Cristo guiarão os outros para as correntes de águas vivas. CSa 508 1 Não é um privilégio ser assim um co-participante de Jesus? Não é uma honra estar ligado à grande obra de salvar almas, desempenhando a parte que nos foi designada por nosso Salvador? E ninguém pode comunicar uma bênção aos outros sem que receba o benefício ele próprio. "A alma generosa engordará, e o que regar também será regado." Provérbios 11:25. Uma ilustração CSa 508 2 A obra de Cristo em favor do paralítico é uma ilustração da maneira por que devemos trabalhar. Por meio dos amigos ouvira ele falar de Jesus, e pedira para ser levado à presença do Poderoso Restaurador. O Salvador sabia que o paralítico andava torturado pelas sugestões dos sacerdotes, de que por causa de seus pecados Deus o havia rejeitado. Portanto, Sua primeira obra foi dar-lhe paz de espírito. "Filho", disse, "perdoados estão os teus pecados." Esta certeza encheu-lhe o coração de paz e alegria. Mas alguns dos presentes começaram a murmurar, dizendo em seu coração: "Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" Então, para que soubessem que o Filho do homem tinha poder de perdoar pecados, Cristo disse ao enfermo: "Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa." Isto mostra como o Salvador ligava a obra da pregação da verdade e a de curar os doentes. -- Testemunhos Selectos 2:491. A extensão da obra CSa 509 1 A dimensão da obra médico-missionária não é entendida. A obra médico-missionária que se requer agora é a esboçada na comissão dada por Cristo aos Seus discípulos precisamente antes de Sua ascensão. "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra", disse Ele. "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:18-20. CSa 509 2 Estas palavras indicam nosso campo e nosso trabalho. Nosso campo é o mundo; nossa obra a proclamação das verdades que Cristo veio ao mundo proclamar. Os homens e as mulheres devem ter oportunidade de adquirir conhecimento da verdade presente, a oportunidade de saber que Cristo é o seu Salvador, que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. ... CSa 509 3 Que os que se preparam para se dedicar à obra médico-missionária nos países estrangeiros vão aos lugares que esperam sejam seu campo de trabalho, e comecem a trabalhar diretamente entre o povo, aprendendo a língua enquanto trabalham. Muito em breve notarão que são capazes de ensinar as verdades simples da Palavra de Deus. CSa 509 4 Há neste país um campo vasto e sem cultivo. A raça negra em número de milhares e milhares, apela para a consideração e simpatia de todo verdadeiro e útil crente em Cristo. Essas pessoas não vivem em um país estrangeiro, e não se prostram diante de ídolos de madeira e de pedra. Vivem entre nós, e* vez após vez, tem Deus chamado nossa atenção para elas por meio do testemunho, do Seu Espírito, dizendo-nos que há seres humanos negligenciados. CSa 510 1 Esse vasto campo apresenta-se perante nós não trabalhado, clamando pela luz que Deus nos concedeu em confiança. Desbravar novos territórios CSa 510 2 Que se envidem esforços na obra para desbravar novos campos, para se fundarem novos e vivos interesses onde quer que se encontre uma brecha. Que os homens aprendam a fazer breves e fervorosas orações. Aprendam eles a falar do Redentor do mundo, a exaltar cada vez mais o Homem do Calvário. Transplantai mudas de vosso denso viveiro. Deus não é glorificado por ter tão imensas vantagens centralizadas em um lugar. Necessitamos de sábios jardineiros que transplantem mudas para várias localidades e lhes proporcionem meios pelos quais possam crescer. É um claro dever ir às regiões mais afastadas. Reuni obreiros que possuam verdadeiro zelo missionário e permiti que difundam a luz e o conhecimento longe e perto. Levem eles os princípios vivos da reforma de saúde a comunidades que, em grande medida, são ignorantes daquilo que devem fazer. Que homens e mulheres ensinem esses princípios às classes que não dispõem das vantagens do grande sanatório de Battle Creek. É um fato que a verdade do Céu veio ao conhecimento de milhares por intermédio da influência do sanatório; contudo, é preciso fazer um trabalho que tem sido negligenciado. Sentimo-nos animados ao ver o trabalho que está sendo feito em Chicago e em uns poucos lugares mais. Não obstante, a grande responsabilidade que agora está centralizada em Battle Creek deveria ter sido distribuída anos atrás. -- Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work, 49, 50 (1895).* Cristo nosso exemplo CSa 511 1 A vida terrena de Cristo, tão cheia de labuta e sacrifício, foi encorajada ao pensamento de que Ele não veria baldados todos os Seus esforços. Ao dar a vida pela vida dos homens, traria o mundo de volta à sua lealdade. Embora devesse primeiro receber o batismo de sangue, conquanto os pecados do mundo estivessem a pesar sobre a Sua alma inocente, ainda assim, pelo gozo que Lhe estava proposto escolheu suportar a cruz e desprezar a afronta. CSa 511 2 Estudai a definição de Cristo do que seja um verdadeiro missionário: "Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me." Marcos 8:34. Seguir a Cristo, conforme está expresso nestas palavras, não é uma presunção, uma farsa. Espera Jesus que os Seus discípulos Lhe sigam de perto os passos, suportando o que Ele suportou, sofrendo o que Ele sofreu, vencendo como Ele venceu. Espera Ele ansiosamente ver os Seus professos seguidores revelarem o espírito de renúncia. CSa 511 3 Os que recebem a Cristo como Salvador pessoal, preferindo ser participantes do Seu sofrimento, viver-Lhe a vida de desprendimento, suportar afronta por Sua causa, entenderão o que significa ser verdadeiro médico-missionário. Obediência e entendimento CSa 511 4 Quando todos os nossos médicos-missionários viverem a nova vida em Cristo, quando tiverem como guia a Sua Palavra, terão uma compreensão muito mais clara do que constitui a genuína obra médico-missionária. Este trabalho assumirá um sentido mais profundo para eles ao prestarem obediência implícita à lei gravada em tábuas de pedra pelo dedo de Deus, inclusive o mandamento do sábado, a respeito do qual o próprio Cristo falou por meio de Moisés aos filhos de Israel dizendo:* CSa 512 1 "Tu pois fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." "Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre." Êxodo 31:13, 16, 17. CSa 512 2 Estudemos diligentemente a Palavra de Deus, para que possamos proclamar com poder a mensagem que deve ser dada nestes últimos dias. Muitos daqueles sobre os quais brilha a luz da vida de renúncia do Salvador se recusam a viver uma vida em conformidade com Sua vontade. Não estão dispostos a viver uma vida de sacrifício para o bem dos outros. Desejam exaltar-se a si mesmos. Para estes, a verdade e a justiça perderam o seu significado, e em sua influência dessemelhante à de Cristo levam muitos a se afastarem do Salvador. Deus chama obreiros fiéis e resolutos, cuja vida neutralize a influência daqueles que estão trabalhando contra Ele. Segui o vosso líder CSa 512 3 Sou instruída a dizer a todo obreiro médico-missionário: Segui o vosso Líder. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Ele é vosso exemplo. Repousa sobre todos os obreiros médicos-missionários a responsabilidade de ter em vista a vida de serviço altruísta de Cristo. Devem eles conservar os olhos fixos em Jesus, autor e consumador de sua fé. É Ele a fonte de toda a luz, a base de toda bênção. Uma obra unida CSa 513 1 Tenho sido repetidamente instruída quanto ao fato de ter a obra médico-missionária para com a obra da terceira mensagem angélica, a mesma relação que mantêm para com o corpo o braço e a mão. Sob a direção da divina Cabeça, devem trabalhar unidos no preparar o caminho para a vinda de Cristo. O braço direito do corpo da verdade deve estar constantemente ativo, trabalhando incessantemente, e Deus o fortalecerá. Não deve, porém, tornar-se corpo. Ao mesmo tempo o corpo não deve dizer ao braço: "Não tenho necessidade de ti." O corpo necessita do braço a fim de fazer obra ativa e intensiva. Ambos têm seu trabalho designado, e ambos sofrerão grande prejuízo caso operem independentemente um do outro. CSa 513 2 A obra de pregar a terceira mensagem angélica não tem sido considerada por alguns como Deus designa que seja. Tem sido olhada como trabalho inferior, quando deve ocupar lugar importante entre os instrumentos humanos na salvação do homem. O espírito dos homens deve ser atraído para as Escrituras como o meio mais eficaz na salvação de almas, e o ministério da palavra é a grande força educacional para produzir tal resultado. Os que rebaixam o ministério e procuram levar avante a obra médico-missionária independentemente, estão buscando separar o braço do corpo. Qual seria o resultado, caso fossem eles bem-sucedidos nisso? Veríamos braços e mãos voando de um lado para outro dispensando meios, sem ser dirigidos pela cabeça. O trabalho tornar-se-ia desproporcionado e carecido de equilíbrio. Aquilo que Deus designou que fosse o braço e a mão, tomaria o lugar do corpo todo e o ministério seria amesquinhado ou totalmente passado por alto. Isto desassossegaria os espíritos e traria confusão, ficando muitas partes da vinha do Senhor por trabalhar.* CSa 514 1 A obra médico-missionária deve fazer parte do trabalho de toda igreja em nossa Terra. Desligada da igreja, ela se tornaria em breve uma estranha miscelânea de desorganizados átomos. Consumiria, mas não produziria. Em vez de servir de mão auxiliadora de Deus para promover-Lhe a verdade, sugaria a vida e a força da igreja, e enfraqueceria a mensagem. Conduzida independentemente, não somente consumiria talento e meios necessários em outros ramos, como no próprio trabalho de ajudar os desamparados independentemente do ministério da Palavra, colocaria os homens em situação de zombarem de uma verdade bíblica. Força no esforço unido CSa 514 2 O ministério evangélico é necessário a fim de dar permanência e estabilidade à obra médico-missionária; e o ministério necessita da obra médico-missionária para demonstrar a operação prática do evangelho. Nenhuma das duas partes da obra é completa sem a outra. CSa 514 3 A mensagem da próxima vinda do Salvador deve ser dada em todas as partes do mundo, devendo em todos os ramos ser caracterizada por solene dignidade. Grande é a vinha a trabalhar e o sábio agricultor fará a obra de tal maneira, que cada parte produza frutos. Caso sejam conservados puros os vivos princípios da verdade na obra médico-missionária, não contaminados por qualquer coisa que lhes prejudique o brilho, o Senhor há de presidir o trabalho. Caso os que têm os pesados encargos permaneçam fiéis e firmes aos princípios da verdade, o Senhor os apoiará e sustentará. CSa 514 4 A união que deve existir entre a obra médico-missionária e o ministério é claramente salientada no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Há sabedoria e bênção para os que se empenharem na obra segundo é aí apresentada. Esse capítulo é explícito, e nele há suficiente para esclarecer quem quer que deseje fazer a vontade de Deus. Apresenta abundante oportunidade para ajudar-se à humanidade sofredora, e ser ao mesmo tempo instrumento nas mãos de Deus em levar a luz da verdade a um mundo agonizante. Se a obra da terceira mensagem angélica for levada avante pela devida maneira, não se dará ao ministério um lugar inferior, nem os doentes e pobres serão negligenciados. Deus uniu em Sua Palavra estes dois ramos de trabalho, e pessoa alguma os deveria separar. Fraqueza na separação CSa 515 1 Pode haver, e há de fato, perigo em perder de vista os grandes princípios da verdade, ao efetuar-se em benefício dos pobres a obra que é justo fazer, mas devemos ter sempre em mente que, ao realizar este trabalho, cumpre dar o primeiro lugar às necessidades espirituais da alma. Em nossos esforços para aliviar as necessidades temporais, corremos o risco de separar da última mensagem evangélica seus aspectos principais e mais urgentes. Tal como tem sido feita em alguns lugares, a obra médico-missionária tem absorvido talento e meios que caberiam a outros ramos da obra, como negligência de atividades mais diretamente espirituais. CSa 515 2 Devido às sempre crescentes oportunidades para ministrar às necessidades temporais de todas as classes, há perigo de esta obra eclipsar a mensagem que Deus nos deu para levar a toda cidade -- a proclamação da próxima vinda de Cristo, a necessidade de obediência aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Jesus. Esta mensagem é a preocupação de nossa obra. Tem de ser proclamada com grande voz, e ir a todo o mundo. Tanto no campo nacional como nos estrangeiros, a apresentação dos princípios da saúde precisa estar unida com ela e não ser independente dela ou tomar-lhe de qualquer maneira o lugar; tampouco deve ela absorver tanta atenção que amesquinhe outros ramos. O Senhor nos instruiu a que consideremos a obra em todos os seus aspectos, de modo que se desenvolva proporcionada, simétrica e bem equilibradamente. CSa 516 1 A verdade para este tempo abrange todo o evangelho. Devidamente apresentada, ela operará no homem as próprias mudanças que manifestarão o poder da graça de Deus no coração. Efetuará uma obra completa, e desenvolverá um completo homem. Então, não se trace nenhuma linha entre a genuína obra médico-missionária e o ministério evangélico. Unam-se estas duas em dar o convite: "Vinde; pois tudo está preparado." Juntem-se elas em inseparável união, justo como o braço está unido ao corpo. Considerar a causa como um todo CSa 516 2 O Senhor necessita de todas as espécies de obreiros hábeis. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo." Efésios 4:11-13. CSa 516 3 Todo filho de Deus deve ter um santificado discernimento para considerar a causa como um todo, e a relação de cada parte para com cada uma das outras, a fim de que nenhuma falte. Vasto é o campo, e há uma grande obra de reforma a ser desenvolvida, não em um ou dois ramos, mas em toda linha. A obra médico-missionária é uma parte dessa obra de reforma, mas não devia nunca se tornar um meio de separar os obreiros do ministério de seu campo de trabalho. A educação de alunos nos ramos médico-missionários não se acha completa a menos que eles estejam preparados para trabalhar em ligação com a igreja e o ministério, e a utilidade dos que se acham em preparo para o ministério seria grandemente aumentada caso eles se tornassem esclarecidos acerca do grande e importante assunto da saúde. A influência do Espírito Santo é necessária para que a obra seja devidamente equilibrada, e possa avançar vigorosamente em todo sentido. Uni-vos CSa 517 1 A obra do Senhor é uma, e um deve ser o Seu povo. Ele não deu direções para que algum aspecto da mensagem fosse levado avante independentemente ou se tornasse todo absorvente. Em todos os Seus labores, Ele uniu a obra médico-missionária com o ministério da Palavra. Enviou os doze apóstolos, e posteriormente os setenta, a fim de pregar o evangelho ao povo, e deu-lhes poder também para curar os doentes e expulsar os demônios em Seu nome. Assim devem os mensageiros do Senhor entrar hoje na obra. Chega até nós hoje a mensagem: "Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo." João 20:21, 22. CSa 517 2 Satanás inventará todo meio possível para separar aqueles a quem Deus está buscando fazer um. Não devemos, porém, ser transviados por seus ardis. Caso a obra médico-missionária seja desenvolvida como parte do evangelho, os mundanos verão o bem que está fazendo; ficarão convencidos de sua genuinidade, e dar-lhe-ão seu apoio. CSa 517 3 Aproximamo-nos do fim da história terrestre, e Deus convida todos a erguerem o estandarte com a inscrição: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Convida Seu povo a trabalhar em perfeita harmonia. Convida os que se acham empenhados na obra médico-missionária a se unirem com o ministério; convida o ministério a cooperar com os obreiros médico-missionários; e convida a igreja a cumprir o dever que lhe é designado, mantendo alto o padrão da verdadeira reforma em seu território, permitindo que os obreiros preparados e experientes avancem para novos campos. Palavra alguma deve ser proferida para desanimar ninguém, pois isto entristece o coração de Cristo, e agrada grandemente o adversário. Todos precisam ser batizados com o Espírito Santo; todos se devem refrear quanto a fazer censuras e observações pejorativas, e aproximem-se de Cristo, a fim de apreciarem as pesadas responsabilidades que os coobreiros dEle têm sobre os ombros. "Uni-vos, uni-vos", são as palavras de nosso divino Instrutor. União é força; desunião é fraqueza e derrota. Guardai-vos CSa 518 1 Em nosso trabalho em prol dos pobres e desafortunados, precisamos guardar-nos de maneira que não assumamos responsabilidades para as quais não somos capazes. Antes de adotar planos e métodos que exijam grande dispêndio de meios, cumpre-nos considerar se eles trazem a aprovação divina. Deus não sanciona a promoção de um ramo da obra sem consideração para com os outros. É Seu desígnio que a obra médico-missionária prepare o caminho para a apresentação da salvadora verdade para este tempo, a proclamação da terceira mensagem angélica. Uma vez que se cumpra esse desígnio, a mensagem não será eclipsada, nem seu progresso entravado. CSa 518 2 Não são numerosas instituições, grandes edifícios ou larga ostentação o que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus, e precioso. Cada um deve ficar em sua sorte e lugar, pensando, falando e agindo em harmonia com o Espírito de Deus. Então, e não antes, será a obra um todo completo, simétrico. Palavras de advertência a um médico em liderança CSa 519 0 Melbourne, Austrália, 3 de Fevereiro de 1898 CSa 519 1 Prezado irmão: Foi-me concedido esclarecimento especial de que estais em perigo de perder a visão da obra para este tempo. Estais levantando barreiras para separar da igreja o vosso trabalho e os que estais instruindo. Isto não deve acontecer. Os que estão recebendo instrução em setores médico-missionários devem ser levados a perceber que sua educação deve prepará-los para fazer a melhor obra em conexão com os ministros de Deus. Deveis lembrar-vos, meu irmão, de que o Senhor tem na Terra um povo a quem Ele respeita. Vossas palavras, porém, e a maneira em que são muitas vezes pronunciadas, criam a descrença na posição que ocupamos como um povo. Estais em perigo de deixar de conservar firme a fé uma vez entregue aos santos, de naufragar na fé. Foram pronunciadas as palavras: "Um pequenino rombo fará soçobrar um navio. Um elo defeituoso torna a corrente sem valor." Educai médicos-missionários CSa 519 2 Lembrai-vos, meu irmão, de que a obra médico-missionária não deve tirar os homens do ministério, mas deve colocar os homens no campo, mais qualificados para ministrar em virtude de seu conhecimento da obra médico-missionária. Os jovens devem receber instrução em questões médico-missionárias e depois sair para se juntarem com os ministros. Não devem ser influenciados a se entregarem exclusivamente à obra de resgatar os caídos e degradados. Esta obra se encontra em toda parte, e deve ser combinada com o trabalho de preparar um povo para tornar as verdades da Bíblia sua defesa contra os* sofismas dos mundanos e da igreja caída. O terceiro anjo deve sair com grande poder. Que ninguém ignore esta obra ou a considere de pouca importância. A verdade deve ser proclamada ao mundo, para que os homens e as mulheres possam ver a luz. Nossa obra para hoje CSa 520 1 Que diz o Senhor no capítulo cinqüenta e oito de Isaías? Todo o capítulo é da mais alta importância. "Porventura não é este o jejum que escolhi?" pergunta Deus, "que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? e, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será tua retaguarda. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-Me aqui." CSa 520 2 "Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isaías 58:6-9, 13, 14. CSa 520 3 Esta é a nossa obra. A luz que temos sobre a mensagem do terceiro anjo é a verdadeira luz. O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado ser. Nem tudo o que se relaciona com este assunto é entendido ainda, e não o será até o desenrolar-se do rolo; uma obra muito solene, porém, deve ser levada a efeito em nosso mundo. A ordem do Senhor a Seus servos é: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. Deve-se proclamar uma mensagem que desperte as igrejas. Deve-se fazer todo esforço no sentido de comunicar a luz, não apenas ao nosso povo, mas ao mundo. Fui informada de que as profecias de Daniel e Apocalipse devem ser impressas em pequenos livros, com a necessária explicação, e enviadas a todo o mundo. Nosso próprio povo precisa que a luz lhe seja apresentada em linhas mais claras. Nenhuma mudança na causa de Deus CSa 521 1 Não deve haver mudança alguma nos aspectos gerais da causa de Deus. Deve ela permanecer tão clara e distinta como a tornou a profecia. Não devemos fazer nenhuma aliança com o mundo, supondo que ao assim fazer podemos realizar mais. Meu irmão, se persistirdes em obstar o avanço da obra nas linhas traçadas por Deus, desagradar-Lhe-eis grandemente. Deve-se dar a mensagem de advertência, e depois de terdes cumprido fielmente a vossa parte na obra, não deveis impedir que os outros servos do Senhor vão fazer a obra que devem realizar. O trabalho em favor dos degradados e caídos não deve tornar-se o assunto principal e mais importante. Deve-se combinar este trabalho com a obra de instruir as igrejas. Nosso povo precisa ser ensinado a como ajudar os necessitados e proscritos. CSa 521 2 Nenhum aspecto de nossa fé que nos tornou o que somos deve ser enfraquecido. Possuímos os antigos marcos da verdade, da experiência e do dever, e devemos permanecer firmes na defesa de nossos princípios, com plena visão do mundo. Com o coração repleto de interesse e solicitude, cumpre-nos estender o convite aos que se encontram nos caminhos e valados. A obra médico-missionária deve ser feita. Esta, porém, é apenas uma parte da obra que deve ser executada, e ela não deve tornar-se suprema. Deve ela ser para a obra de Deus o que a mão é para o corpo. Pode haver pessoas indignas relacionadas com o ministério, contudo ninguém pode ignorar o ministério sem ignorar a Deus. CSa 522 1 Meu irmão, sois-me apresentado como estando em perigo de ficar separado do nosso povo, achando que sois um todo completo. Caso, porém, vos unais com os que pensam convosco, independentes da igreja, que é o corpo de Cristo, estabelecereis uma união que se despedaçará, pois união alguma, senão aquela que Deus formou, pode subsistir. Aqueles que estão recebendo instrução em questões médicas ouvem, de tempos em tempos, insinuações que desacreditam a igreja e o ministério. Essas insinuações são sementes que medrarão e darão fruto. Os alunos poderiam ser melhor preparados para compreender que a igreja de Cristo na Terra deve ser respeitada. Eles carecem de uma compreensão clara das razões de nossa fé. Essa compreensão devem eles obter a fim de servir a Deus de maneira aceitável. Preceito sobre preceito, regra sobre regra, devem eles receber a evidência bíblica da verdade como é em Jesus. CSa 522 2 Não instileis, peço-vos, na mente dos alunos, idéias que lhes cause a perda da confiança nos ministros indicados por Deus. É mais do que certo que estais fazendo isto, quer estejais ciente quer não. Em Sua providência, colocou-vos o Senhor em uma posição na qual podeis fazer um bom trabalho para Ele em conexão com o ministério evangélico, levando a verdade a muitos que de outra maneira não se relacionariam com ela. Advir-vos-ão tentações para pensardes que a fim de levar avante a obra médico-missionária deveis manter-vos separado da organização da igreja ou da disciplina da igreja. Permanecer assim seria colocar-vos em terreno movediço. O trabalho feito pelos que vêm a vós em busca de instrução não é completo a menos que eles sejam ensinados a trabalhar em ligação com a igreja. CSa 523 1 A obra médico-missionária não deve tornar-se suprema. Nesse particular estais levando as coisas a extremos. Há uma grande obra a ser feita. As publicações que ensinam a verdade devem ser disseminadas por toda parte. Os estudantes de medicina não devem ser incentivados a distribuir apenas os livros que tratam da reforma de saúde. Sede cuidadoso para que não sejais achado executando vossos próprios planos, em menosprezo dos planos de Deus. Rebelião contra a reforma de saúde CSa 523 2 Desde que a reforma de saúde foi introduzida a princípio, tem havido invariavelmente uma guerra no coração de alguns. Têm eles experimentado o mesmo sentimento de rebelião que os filhos de Israel ao ser-lhes restringido o apetite na viagem do Egito para Canaã. Os professos seguidores de Cristo, que durante toda a sua vida consultaram o seu próprio prazer e os seus próprios interesses, sua própria comodidade e seu próprio apetite não estão preparados para mudar o seu procedimento e viver para glória de Deus, imitando a vida de renúncia de seu infalível Modelo. Foi dado um exemplo perfeito para ser imitado pelos cristãos. As palavras e as obras dos seguidores de Cristo são o conduto através do qual os puros princípios da verdade e santidade são levados ao mundo. Seus seguidores são o sal da terra e a luz do mundo. -- Testimonies for the Church 2:394 (1870). Não uma obra separada CSa 524 1 Usa o Senhor, na obra do evangelho, diversas instrumentalidades, e não se deve permitir que coisa alguma separe essas instrumentalidades. Jamais se deve estabelecer um sanatório como um empreendimento independente da igreja. Nossos médicos devem unir-se com a obra dos ministros do evangelho. Por meio do seu trabalho as almas devem ser salvas, para que o nome de Deus seja engrandecido. CSa 524 2 A obra médico-missionária não deve em hipótese alguma ser divorciada do ministério evangélico. O Senhor declarou que os dois se acham tão intimamente ligados como o está o braço ao corpo. Sem essa união, parte alguma da obra é completa. A obra médico-missionária é o evangelho ilustrado. CSa 524 3 Deus, porém, não pretende que a obra médico-missionária deva eclipsar a obra da mensagem do terceiro anjo. O braço não deve tornar-se o corpo. A terceira mensagem angélica é a mensagem do evangelho para os últimos dias, e em caso algum deve ela ser obscurecida por outros interesses, e dar a idéia de uma ponderação desnecessária. Em nossas instituições, quando qualquer coisa é colocada acima da mensagem do terceiro anjo, o evangelho não é aí o grande poder que lidera. CSa 524 4 A cruz é o centro de todas as instituições religiosas. Essas instituições devem estar sob a direção do Espírito Santo de Deus; em nenhuma instituição deve homem algum ser a única cabeça. A mente divina tem homens para cada lugar. CSa 524 5 Mediante o poder do Espírito Santo, toda obra designada por Deus deve ser elevada e enobrecida e levada a testificar em favor do Senhor. Deve o homem colocar-se sob o controle da Mente infinita, cujos ditames lhe cumpre obedecer em todo particular.* CSa 525 1 Procuremos compreender o nosso privilégio de andar e trabalhar com Deus. Embora contenha a expressa vontade de Deus, não possui o evangelho valor algum para os homens, elevados ou humildes, ricos ou pobres, a não ser que estes se coloquem em sujeição a Deus. Aquele que proporciona aos seus semelhantes o remédio para o pecado, deve ele próprio ser primeiro influenciado pelo Espírito de Deus. Não deve movimentar os remos a menos que esteja sob a direção divina. Não pode trabalhar eficazmente, não pode cumprir a vontade de Deus em harmonia com a mente divina, a menos que descubra, não de fontes humanas, mas da infinita sabedoria, que Deus está satisfeito com os Seus planos. CSa 525 2 O benévolo desígnio de Deus abrange cada ramo de Sua obra. A lei da dependência e influência mútuas deve ser reconhecida e seguida. "Nenhum de nós vive para si." O inimigo tem usado a corrente da dependência para aproximar os homens. Eles se têm unido para destruir no homem a imagem de Deus, para opor-se ao evangelho pervertendo-lhe os princípios. São representados na Palavra de Deus como sendo atados em molhos para ser queimados. Satanás está unindo suas forças para perdição. A unidade do povo escolhido de Deus tem sido terrivelmente abalada. Deus apresenta um remédio. Este remédio não é uma influência entre muitas influências, e no mesmo nível delas; é uma influência acima de todas as demais sobre a face da Terra, neutralizante, enaltecedora e enobrecedora. Os que trabalham no evangelho devem ser elevados e santificados; pois estão lidando com os princípios de Deus. Atrelados a Cristo, são eles cooperadores de Deus. Assim deseja o Senhor unir Seus seguidores uns aos outros, para que possam ser uma força para o bem, realizando cada qual a sua parte, não obstante nutrirem todos os sagrados princípios de dependência da Cabeça. O exemplo do missionário médico CSa 526 1 Nos dias de Cristo não havia nenhum sanatório na Terra Santa. Aonde quer que o Grande Médico fosse, porém, levava consigo o poder restaurador que era a cura para cada doença, fosse espiritual ou física. Esta Ele comunicava aos que se encontravam sob o poder aflitivo do inimigo. Em cada cidade, cada vila, cada aldeia pela qual passava, com a solicitude de um pai amorável colocava Ele as mãos sobre os aflitos, tornando-os sãos e falando palavras da mais terna simpatia e compaixão. Quão preciosa lhes eram Suas palavras! DEle fluía uma corrente de poder curativo que tornava são ao enfermo. Curava Ele os homens e as mulheres com decidida espontaneidade e com alegria sincera, pois Se sentia feliz em poder devolver a saúde ao sofredor. A ansiedade de sua família CSa 526 2 O Poderoso Restaurador trabalhava tão incessantemente, tão intensamente -- e muitas vezes sem alimento -- que alguns de Seus amigos receavam que não pudesse suportar por muito tempo mais o constante esforço. Seus irmãos ouviram disso, e também da acusação feita pelos fariseus de que Ele expulsava os demônios pelo poder de Satanás. Sentiram fortemente a censura que lhes veio através de sua relação para com Jesus. Decidiram que Ele devia ser persuadido ou constrangido a deixar Sua maneira de trabalhar, e induziram Maria a se unir com eles, pensando que por meio de Seu amor a ela pudessem persuadi-Lo a ser mais prudente. CSa 526 3 Jesus estava ensinando o povo quando os Seus discípulos trouxeram a notícia de que Sua mãe e Seus irmãos estavam lá fora e desejavam vê-Lo. Ele sabia o que havia em seus* corações, e "respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é Minha mãe? e quem são Meus irmãos? E, estendendo a Sua mão para os Seus discípulos, disse: Eis aqui Minha mãe e Meus irmãos; porque, qualquer que fizer a vontade de Meu Pai que está nos Céus, este é Meu irmão, e irmã e mãe." Mateus 12:48-50. CSa 527 1 A inimizade despertada no coração humano contra o evangelho era fortemente sentida pelo Filho de Deus, e era-Lhe muito dolorosa em Seu lar, pois Seu próprio coração estava cheio de bondade e amor, e Ele apreciava a terna consideração na relação familiar. Mas com sua reduzida capacidade de avaliar não podiam Seus irmãos compreender a missão que viera cumprir, e por esse motivo não podiam simpatizar com Ele em Suas provas. A inimizade dos fariseus CSa 527 2 A alguns daqueles a quem Cristo curava, recomendava Ele que não dissessem a ninguém. Sabia que, quanto mais os fariseus, saduceus e principais ouvissem falar de Seus milagres, tanto mais procurariam obstruir-Lhe o caminho. Em que pese Suas precauções, porém, "Sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para O ouvir e para ser por Ele curada das suas enfermidades". Lucas 5:15. Freqüentemente era seguido pelos sacerdotes, que expressavam contra Ele os seus sentimentos violentos a fim de suscitar a inimizade das pessoas. Quando, porém, não podia continuar em segurança por mais tempo em um lugar, dirigia-Se para outro. CSa 527 3 Ao fazermos a obra médico-missionária encontraremos a mesma oposição que Cristo encontrou. Declara Ele: "E odiados de todos sereis por causa do Meu nome: mas aquele que perseverar até o fim será salvo. Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem." Mateus 10:22, 23. CSa 528 1 A vida de Cristo e Seu ministério em favor dos aflitos estão inseparavelmente ligados. De acordo com a luz que me foi dada, sei que deve existir ainda uma íntima relação entre a obra médico-missionária e o ministério evangélico. Estão eles ligados um ao outro; como uma obra, em sagrada união, e jamais devem ser divorciados. Devem os princípios do Céu ser adotados e seguidos por aqueles que professam andar nas pegadas do Salvador. Por Seu exemplo mostrou-nos Ele que a obra médico-missionária não deve ocupar o lugar da pregação do evangelho, mas deve estar a ela ligada. Cristo deu uma perfeita imagem da verdadeira piedade combinando a obra do médico com a do ministro, ministrando às necessidades tanto do corpo como da alma, curando as enfermidades físicas, e então proferindo palavras que traziam paz ao atribulado coração ... Indicai Jesus CSa 528 2 Devemos sempre lembrar-nos de que a eficiência da obra médico-missionária está em indicar a homens e mulheres enfermos pelo pecado o Homem do Calvário, que tira o pecado do mundo. Ao contemplá-Lo serão transformados à Sua semelhança. Nosso objetivo ao estabelecer sanatórios é encorajar o enfermo e sofredor a olhar para Jesus e viver. Que os obreiros de nossas instituições conservem constantemente a Cristo, o Grande Médico, diante daqueles aos quais a enfermidade do corpo e da alma trouxe o desânimo. Indicai-lhes Aquele que pode curar tanto as doenças físicas como as espirituais. Falai-lhes dAquele que Se enternece com o senso de suas enfermidades. Animai-os a se entregarem aos cuidados dAquele que deu a vida para tornar-lhes possível terem vida eterna. Conservai-lhes a mente fixa nAquele que é totalmente desejável, o mais distinguido entre dez mil. Falai de Seu amor; falai de Seu poder para salvar. CSa 529 1 O Senhor deseja que cada obreiro faça o melhor possível. Os que não receberam preparo especial em uma de nossas instituições médicas podem pensar que muito pouco podem fazer; mas, meus prezados coobreiros, lembrai-vos de que na parábola dos talentos, Cristo não representou a todos os servos como recebendo a mesma quantidade. A um servo foram dados cinco talentos; a outro dois; e ainda a outro, um. Se não receberdes senão um talento, usai-o sabiamente, aumentando-o ao dá-lo a juros aos banqueiros. Alguns não podem fazer tanto quanto outros, mas cada um deve fazer tudo o que puder para deter a onda de doenças e sofrimentos que está varrendo o nosso mundo. Vinde em socorro do Senhor, contra as forças poderosas das trevas. Deus deseja que cada um de Seus filhos tenha inteligência e conhecimento, de maneira que com clareza e poder inconfundíveis Sua glória seja revelada em nosso mundo. ... CSa 529 2 Cristo revestiu de poder Sua igreja para que ela faça a mesma obra que Ele fez durante o Seu ministério. Ele é hoje o mesmo compassivo médico que foi enquanto na Terra. Devemos fazer com que o aflito entenda que nEle há bálsamo curador para cada doença, poder restaurador para cada enfermidade.* O evangelho na prática CSa 530 1 Quando a reforma de saúde foi trazida ao nosso conhecimento, cerca de trinta e cinco anos atrás, a luz que me foi apresentada estava contida neste texto: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas novas aos mansos: enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado. E edificarão os lugares antigamente assolados e restaurarão os de antes destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração." Isaías 61:1-4. CSa 530 2 No esclarecimento que me foi dado tanto tempo atrás, foi-me mostrado que nosso próprio povo, aqueles que professavam crer na verdade presente, devia fazer esta obra. Como deviam eles fazê-la? De conformidade com as especificações dadas por Cristo aos Seus doze discípulos quando os chamou e os enviou a pregar o evangelho. CSa 530 3 "E, chamando os Seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal." "Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É* chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:1, 5-8. Reformas a serem feitas CSa 531 1 Na revelação que me foi concedida tanto tempo atrás, foi-me mostrado que a intemperança prevaleceria no mundo numa proporção alarmante e que cada um que pertence ao povo de Deus deve tomar uma elevada posição quanto à reforma dos hábitos e práticas. Naquela ocasião eu estava comendo carne duas ou três vezes por dia, e desmaiava duas ou três vezes ao dia. O Senhor expôs perante mim um plano geral. Foi-me mostrado que Deus daria ao Seu povo que guarda os Seus mandamentos uma reforma alimentar, e que quando eles a recebessem, suas enfermidades e sofrimentos deveriam diminuir grandemente. Mostrou-se-me que essa obra progrediria. Necessidade de um sanatório CSa 531 2 Então, em anos posteriores, foi concedida luz para que tivéssemos um sanatório, uma instituição de saúde, que devia ser estabelecida exatamente entre nós. Este era o meio que Deus usaria para levar o Seu povo a uma compreensão correta com respeito à reforma de saúde. Devia ser também o meio pelo qual nos cumpria obter acesso aos que não eram de nossa fé. Devíamos ter uma instituição na qual os enfermos pudessem ser aliviados do sofrimento, e isso sem a medicação de drogas. Deus declarou que Ele próprio deveria ir à frente do Seu povo nesta obra. CSa 531 3 Ora, a obra se desenvolveu grandemente. O caminho foi aberto para nossas igrejas deles se prevalecerem. Proclamei a mensagem de saúde por toda parte onde fui. Falei em nossas reuniões campais aos domingos de tarde, e proclamei a mensagem da temperança no comer, beber e vestir. Esta foi a mensagem que apresentei por anos antes de deixar a Austrália. CSa 532 1 Havia, porém, os que não correspondiam à luz dada por Deus. Havia aqueles que assistindo às nossas reuniões campais comiam e bebiam de maneira imprópria. Seu regime alimentar não estava em harmonia com a luz que Deus havia dado, e era-lhes impossível apreciar a verdade em seu sagrado, santo propósito. Todas as classes devem ser beneficiadas CSa 532 2 Dessa forma, a luz tem estado a penetrar gradualmente. Repetidamente foi dada instrução para que nossas instituições de saúde alcançassem todas as classes de pessoas. O evangelho de Jesus Cristo inclui a obra de auxílio aos doentes. Quando ouvi que o Dr. Kellogg havia iniciado a obra médico-missionária, eu o animei de coração e alma, pois sabia que somente por meio dessa obra pode o preconceito que existe no mundo contra a nossa fé ser quebrado. CSa 532 3 Na Austrália procuramos fazer tudo o que podíamos neste sentido. Fixamos residência em Cooranbong, e aí, onde as pessoas precisavam viajar quarenta quilômetros em busca de médico, e pagar-lhe vinte e cinco dólares pela visita, auxiliamos os doentes e sofredores o quanto pudemos. Notando que conhecíamos alguma coisa das doenças, as pessoas nos traziam seus enfermos, e cuidávamos deles. Dessa forma, quebramos inteiramente o preconceito naquele lugar. ... CSa 532 4 A obra médico-missionária é a obra pioneira. Ela deve estar ligada ao ministério evangélico. É o evangelho na prática, o evangelho conduzido de maneira prática. Tenho-me sentido muito triste ao ver que nosso povo não se tem aproveitado desta obra como devia. ... CSa 532 5 Todo o Céu está interessado na obra de aliviar a humanidade sofredora. Satanás está exercendo todos os seus poderes para obter o controle da alma e do corpo dos homens. Ele está procurando atrelá-los à sua carruagem. Meu coração fica abatido quando olho para nossas igrejas, que deviam estar ligadas em coração, alma e prática com a obra médico-missionária. ... Os ministros devem trabalhar segundo o plano evangélico CSa 533 1 Desejo dizer-vos que em breve nenhuma obra será realizada pelo plano ministerial senão a obra médico-missionária. A obra do ministro é ministrar. Nossos ministros devem trabalhar no plano evangélico de ministrar. ... CSa 533 2 Jamais sereis ministros que seguem a ordem evangélica enquanto não demonstrardes um decidido interesse pela obra médico-missionária, o evangelho da saúde, da bênção e do fortalecimento. Vinde em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra as poderosas forças das trevas, para que não se diga de vós: "Amaldiçoai a Meroz,... duramente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram em socorro do Senhor." Juízes 5:23. ... CSa 533 3 Por causa das instruções que recebi do Senhor é que tenho coragem de permanecer entre vós e falar como o faço, a despeito da maneira em que possais encarar a obra médico-missionária. Desejo dizer que a obra médico-missionária é a obra de Deus. Deseja o Senhor que cada um dos Seus ministros entre nas fileiras. Lançai mão da obra médico-missionária, e ela vos dará acesso ao povo. Seu coração será tocado ao ministrardes às suas necessidades. Ao lhes aliviardes os sofrimentos, encontrareis oportunidade para lhes falar do amor de Jesus. ... CSa 533 4 Deus auxiliará os que amam a verdade, que a si mesmos se entregam a Ele, coração, mente e energia. Deus operará poderosamente com Seus ministros quando seu coração estiver cheio de amor pelas pobres ovelhas perdidas da casa de Israel. Procurai os apostatados, os que outrora sabiam o que é religião, e dai-lhes a mensagem de misericórdia. A história do amor de Cristo lhes tocará a corda do coração. Cristo atrai os seres humanos a Si com a corda que Deus fez descer do Céu para salvar a raça. O amor de Cristo pode ser medido apenas quando essa corda é medida. ... CSa 534 1 A obra médico-missionária, que ministra aos enfermos e sofredores, não pode ser separada do evangelho. Deus auxilia aqueles cuja atenção foi despertada neste sentido a possuírem a mente de Cristo, a simpatia de Cristo. Deus vos ajude a lembrar que Cristo foi um obreiro, que Ele ia de lugar em lugar curando os enfermos. Se estivéssemos tão intimamente ligados a Cristo como o estavam Seus discípulos, Deus poderia operar por nosso intermédio para curar a muitos que estão sofrendo. Com fé e humildade CSa 534 2 O evangelho de Cristo deve ser vivido e praticado na vida diária. Os servos de Deus devem ser purificados de toda indiferença, de todo egoísmo. Simplicidade, mansidão, humildade, são de grande valor na obra de Deus. Procurai unir os obreiros em confiança e amor. Se não conseguirdes fazer isto, sede vós mesmos corretos e deixai o resto com Deus. Trabalhai com fé e oração. Escolhei jovens cristãos e preparai-os para serem, não obreiros de coração semelhante ao ferro, mas obreiros que estejam dispostos a harmonizar-se. CSa 534 3 Oro para que o Senhor mude o coração daqueles que, a menos que recebam mais graça, entrarão em tentação. Oro para que Ele abrande e subjugue cada coração. Precisamos viver em íntima relação com Deus, para que possamos amar-nos uns aos outros como Cristo nos amou. É por meio disto que o mundo deve saber que somos Seus discípulos. -- Testimonies for the Church 9:218, 219 (1909).* Conseguir entrada CSa 535 1 Estou grandemente interessada no preparo de estudantes de medicina como missionários. Este é o meio apropriado de introduzir a verdade onde de outra maneira ela não acharia entrada. CSa 535 2 Na providência do Senhor posso ver que a obra médico-missionária deve ser uma grande cunha de penetração por meio da qual a alma enferma pode ser alcançada. CSa 535 3 Oh! que campo de utilidade se abre diante do missionário-médico! Jesus Cristo foi em todos os sentidos da palavra um missionário da mais elevada espécie, e combinou com Sua obra missionária a do Grande Médico, curando toda espécie de enfermidades. Nos dias de Cristo, muitos se recusavam a convencer-se de sua condição de perdidos. Quando Cristo esteve no meio deles como um poderoso restaurador tanto dos sofrimentos físicos como das enfermidades da alma ferida pelo pecado, alguns deixavam de vir a Ele para que pudessem ter vida. Recusavam ser iluminados. Assim será em nossos dias. Alguns não serão curados das enfermidades da alma. CSa 535 4 Todo médico pode e deve ser um cristão, e assim sendo, levará consigo a cura da alma bem como a do corpo. Ele está fazendo a obra de um apóstolo, ao mesmo tempo que a do médico. Quanta necessidade há da preciosidade da religião pura e imaculada, para que o ensinador espiritual possa estar administrando às necessidades da alma ao mesmo tempo que aliviando as dores do físico! Quão suavizante é para a alma sofredora, agitada pela tempestade, ouvir palavras de esperança, palavras de Deus faladas aos que sofrem, ouvir as orações feitas em seu favor! Quão necessário que o ativo missionário entenda das enfermidades que afligem o corpo humano, para combinar o médico, preparado para cuidar das enfermidades* físicas, com o pastor do rebanho fiel e consciencioso, para dar santidade e dupla eficiência ao serviço! CSa 536 1 Em Sua grande bondade e incomparável amor, tem o Senhor estado a apelar para Suas instrumentalidades humanas a fim de que os missionários não estejam realmente completos em sua educação a menos que obtenham conhecimento da maneira de tratar dos enfermos e sofredores. Caso tivesse isto sido considerado como um ramo importante da educação no assunto do trabalho missionário, muitos que perderam a vida poderiam ter vivido. Tivessem eles sabido como tratar os males do corpo, e como raciocinar da causa para o efeito, poderiam, por meio de seu conhecimento inteligente do corpo humano e de como tratar as suas enfermidades, ter alcançado muitas mentes obscurecidas, das quais não poderiam aproximar-se de outra forma. O grande médico com cada obreiro CSa 536 2 O grande Médico-Chefe está ao lado de todo clínico verdadeiro, zeloso e temente a Deus que trabalha com seu adquirido conhecimento para aliviar os sofrimentos do corpo humano. Ele, o Chefe dos médicos, está pronto para distribuir o bálsamo de Gileade. Ele ouvirá as orações feitas pelo médico e pelo missionário, caso Seu nome seja glorificado por esse meio; e a vida do paciente sofredor será prolongada. Deus é sobre todos. Ele é a verdadeira Cabeça dos missionários de profissão médica, e será realmente abençoado o médico que se ligou com o Médico-Chefe, que dEle aprendeu não somente a tratar das enfermidades físicas, mas a velar pelas almas, como aplicar a receita e, como submisso pastor, a usar o bálsamo de Gileade para curar as contusões que o pecado causou tanto à alma como ao corpo da humanidade sofredora sob o ferrão da serpente. Oh! quão necessário é que o médico seja despido de egoísmo, alguém que tenha uma compreensão correta da expiação feita por Jesus Cristo, de maneira que possa exaltar Jesus ante a alma desesperançada; alguém que mantenha comunhão com Deus! Que tesouro possui ele no conhecimento do tratamento das enfermidades físicas, e também na compreensão do plano da salvação! Repousando em Jesus como seu Salvador pessoal, pode ele levar outros à esperança, à fé salvadora, ao descanso e paz, e a uma nova vida em Jesus Cristo. ... CSa 537 1 Sanciona o Senhor os esforços do consagrado obreiro, o verdadeiro pastor. Pode ele dispor de pouco tempo para pregar sermões; pode, não obstante, viver sermões que serão muito mais poderosos. A verdade expressa em obras vivas, altruístas, é o mais poderoso argumento em favor do cristianismo. Aliviar os doentes, auxiliar os sofredores, é trabalhar segundo os métodos de Cristo, e demonstra poderosíssimas verdades do evangelho que representam a missão e a obra de Cristo sobre a Terra. O conhecimento da arte de aliviar o sofrimento da humanidade é o abrir-se, sem número, de portas nas quais a verdade pode encontrar um abrigo no coração, e almas serem salvas para a vida -- vida eterna. Mesmo as almas mais endurecidas e aparentemente encerradas pelo pecado, podem ser acercadas dessa maneira, e compreender alguma coisa do mistério da piedade e se tornarem tão encantadas que não descansarão enquanto não obtiverem o conhecimento de Jesus Cristo e de Sua graça salvadora. ... CSa 537 2 Que haja um grupo formado, algo parecido com a ordem da Christian Endeavor Society, e se veja o que pode ser feito mediante cada agente humano responsável por observar e desenvolver as oportunidades de fazer trabalho em favor do Mestre. Tem Ele uma vinha na qual podem todos realizar bom trabalho. Por toda parte a humanidade sofredora necessita de auxílio. Evangelistas médicos-missionários CSa 538 1 Em conexão com obreiros evangélicos mais experientes, devem-se enviar agora jovens que tenham conhecimento prático de como cuidar do enfermo, para fazerem obra médico-missionária evangélica. Caso se dediquem ao estudo da Palavra, esses jovens se tornarão evangelistas bem-sucedidos. Os ministros com quem trabalham devem dar-lhes a mesma oportunidade de aprender que deu Elias a Eliseu. Devem mostrar-lhes como ensinar a verdade aos outros. Onde for possível, devem esses jovens visitar os hospitais, e em alguns casos podem ligar-se a eles por algum tempo, trabalhando desinteressadamente. CSa 538 2 Nossos obreiros médico-missionários devem mostrar agora o mais claro exemplo de altruísmo. Com o conhecimento e a experiência obtidos por meio do trabalho prático, devem sair a dar tratamento aos doentes. Ao irem de casa em casa, encontrarão acesso a muitos corações. Muitos que de outra maneira jamais teriam ouvido a mensagem do evangelho, serão alcançados. Incentivo aos obreiros jovens CSa 538 3 Muito benefício pode ser feito por aqueles que não receberam diplomas como médicos plenamente acreditados. Alguns devem preparar-se para trabalhar como médicos competentes. Trabalhando sob a orientação de tais médicos, muitos podem fazer trabalho aceitável sem gastar muito tempo estudando, conforme se considerava necessário fazer no passado. CSa 538 4 Sairão para trabalhar em favor do Mestre muitos que não tiveram possibilidade de receber um curso regular de estudos em uma escola. Deus auxiliará estes obreiros. Eles adquirirão conhecimento da escola superior e estarão preparados para* tomar sua posição, como enfermeiros, na fileira e coluna dos obreiros. O Grande Médico-Missionário vê cada esforço feito para obter acesso às almas por meio da apresentação dos princípios da reforma de saúde. CSa 539 1 Estão ocorrendo em nosso mundo mudanças decisivas. O Senhor declarou que Ele moverá e removerá. Homens humildes, que até aqui estiveram na obscuridade, devem ter agora oportunidade de se tornar obreiros. CSa 539 2 Aos que saem para fazer obra médico-missionária, eu diria: Servi ao Senhor Jesus Cristo com entendimento santificado, em ligação com os ministros do evangelho e o Grande Professor. Aquele que vos comissionou concederá habilidade e entendimento ao vos consagrardes ao Seu serviço, empenhando-vos diligentemente no trabalho e no estudo, fazendo o melhor possível para levar alívio aos doentes e sofredores. CSa 539 3 Aos que estão cansados de uma vida de pecaminosidade, mas que não sabem para onde se voltar para obter alívio, apresentai o compassivo Salvador, cheio de amor e ternura, desejoso de receber aqueles que a Ele vão com coração quebrantado e espírito contrito. Tomai-os pela mão, erguei-os, falai-lhes palavras de esperança e incentivo. Ajudai-os a se apoderarem da mão dAquele que disse: "Ou que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. CSa 539 4 "Eis que cedo venho", declara Cristo, "e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Deus pede que enunciemos as palavras: "Ora vem, Senhor Jesus." Deus fará muito mais em favor de Seu povo se este tiver fé nEle. Métodos e planos CSa 540 1 Em todos os nossos sanatórios o trabalho realizado deve ser de um caráter tal que ganhe almas para Cristo Jesus. Temos um vasto campo missionário em nossas instituições de saúde, pois aí vêm pessoas de todos os países reaver a saúde. Os melhores auxiliares que devem estar ligados com nossos sanatórios são os homens que desejam fazer da Bíblia, o seu guia, aqueles que empregarão suas energias mentais e morais para o avanço da obra de maneira correta. CSa 540 2 Que os obreiros dos sanatórios se lembrem de que o objetivo do estabelecimento destas instituições não é só aliviar o sofrimento e curar as enfermidades, mas também a salvação de almas. Que a atmosfera dessas instituições seja tal que os homens e as mulheres que são trazidos aos sanatórios para receber tratamento de seus males físicos aprendam a lição de que a sua alma enferma necessita de saúde. CSa 540 3 Pregar o evangelho significa muito mais do que muitos pensam. É um trabalho amplo, de vasto alcance. Os nossos sanatórios me têm sido apresentados como meio muito eficaz para promoção da mensagem do evangelho. CSa 540 4 A obra do verdadeiro médico-missionário é em grande parte espiritual. Inclui oração e a imposição de mãos; por conseguinte, deve ele ser tão sagradamente separado para sua obra como o é o ministro do evangelho. Os que são escolhidos para desempenhar a parte dos médicos-missionários devem ser separados como tais. Isso os fortalecerá contra a tentação de se retirarem do trabalho do sanatório para se empenharem em atividade particular. Não se deve permitir que motivo egoísta algum desvie o obreiro de seu posto de dever. Feita de* parceria com a proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve a obra médica trazer resultados maravilhosos. Deve ela ser uma obra santificadora e unificadora, que corresponda à obra que o grande Chefe da igreja mandou os primeiros discípulos fazerem. CSa 541 1 Reunindo esses discípulos, deu-lhes Cristo seu encargo: ... "E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai." "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas." Mateus 10:7, 8, 16. CSa 541 2 É bom que leiamos este capítulo e permitamos que suas instruções nos preparem para os nossos labores. Os primeiros discípulos saíram, como emissários de Cristo, sob Sua comissão. Seu espírito devia preparar o caminho para eles. Deviam sentir que com semelhante mensagem para transmitir, com tais bênçãos a comunicar, receberiam as boas-vindas nos lares das pessoas. ... As associações devem empregar médicos-missionários CSa 541 3 Por intermédio dos primeiros discípulos foi oferecida uma dádiva a Israel; o fiel evangelista de hoje fará uma obra semelhante em toda cidade onde nossos missionários entrarem. Esta é uma obra que até certo ponto temos procurado fazer em associação com alguns de nossos sanatórios, mas devemos adquirir uma experiência mais ampla nesse terreno. CSa 541 4 Não podem os presidentes de nossas associações abrir o caminho para que os alunos de nossas escolas se empenhem neste ramo de trabalho? Repetidamente me tem sido apresentado que "deve haver grupos organizados e muito mais cabalmente preparados para trabalharem como enfermeiros, evangelistas, ministros, colportores, como estudantes do evangelho para desenvolverem um caráter à semelhança do divino." Há uma grande obra a ser feita em aliviar a humanidade sofredora, e por meio dos esforços dos estudantes que estão recebendo instrução e preparo para se tornarem médicos-missionários eficientes, as pessoas que vivem em muitas cidades podem tornar-se relacionadas com as verdades da terceira mensagem angélica. Líderes consagrados e professores de experiência devem sair com esses jovens a princípio, ensinando-os a trabalhar. Quando oferecimento de alimentos, for feito por aqueles que temem e honram a Deus, esse favor pode ser aceito. Assim será encontrada oportunidade para conversação, para explicação das Escrituras, para se cantarem hinos bíblicos e orar com a família. Há muitos para quem um trabalho assim se provará uma bênção. CSa 542 1 E, ao sair para esse trabalho, deve cada obreiro compreender que ele é tão verdadeiramente enviado por Deus como o foram os primeiros discípulos. Os olhos de Deus os acompanham; vai com eles o Seu Espírito. ... CSa 542 2 Sou agradecida ao pensar nas vantagens de que desfrutam as escolas que se acham estabelecidas próximo de nossos sanatórios, de maneira que a obra de duas instituições educacionais pode combinar-se. Enquanto são instruídos no conhecimento da verdade presente, podem os alunos dessas escolas aprender também a ser ministradores de saúde para aqueles a quem vão servir. CSa 542 3 Se já houve um tempo em que nossa obra deve ser feita sob a orientação especial do Espírito de Deus, é agora. Que os que estão vivendo na ociosidade, despertem. Tornem-se os nossos sanatórios o que devem ser -- casas nas quais a saúde seja ministrada às almas enfermas pelo pecado. E isto se realizará quando os obreiros tiverem uma viva ligação com o Grande Restaurador. Médicos e evangelistas -- Palavras de incentivo a um médico CSa 543 1 A obra que estais fazendo nas cidades está alcançando a aprovação do Céu. O que tendes feito demonstra que se nossos médicos e nossos ministros puderem trabalhar juntos na apresentação da verdade ao povo, mais pessoas serão alcançadas do que poderão ser influenciadas pelo ministro trabalhando sozinho. Confio em que vosso exemplo nesse sentido possa ser seguido por outros médicos. CSa 543 2 Não precisais achar que o Senhor vos separou do sanatório pelo fato de haverdes feito esforços mais diretos para alcançar as almas que estão em nossas cidades e que precisam converter-se. Tendes uma responsabilidade para com este trabalho, de apresentar a mensagem ao povo. Apresentai a Cristo como o restaurador da alma enferma pelo pecado. Em vosso trabalho no campo adquirireis uma influência mais ampla e mais extensa do que se estivésseis confinado a uma instituição. CSa 543 3 As relações que fazeis ao assistir às reuniões e apresentar a verdade do ponto de vista médico, ajudarão a comunicar-vos influência, e esta espécie de trabalho será um meio de trazer para nossos sanatórios uma classe de pessoas que poderá ser grandemente beneficiada. Fazei os vossos planos de maneira que possais empenhar-vos nesse ramo de trabalho com liberdade, e de tal forma que vossa ausência não prejudique o trabalho da instituição. CSa 543 4 Apresentai ao povo a necessidade de resistir a tentação de condescender com o apetite. Nisto é onde muitos estão falhando. Explicai quão intimamente relacionados estão o corpo e o espírito, e mostrai a necessidade de manter a ambos no melhor estado. As palestras sobre saúde, que fizerdes nas reuniões, serão uma das melhores maneiras de divulgação de nossos sanatórios.* CSa 544 1 Cristo nos deu o exemplo. Ele ensinava as verdades evangélicas extraídas das Escrituras, e também curava os doentes que iam a Ele em busca de alívio. Foi o maior médico que o mundo já conheceu, e não obstante aliava à Sua obra de curar a transmissão da verdade que salva a alma. CSa 544 2 Assim devem os nossos médicos trabalhar. Estão fazendo a obra do Senhor quando trabalham como evangelistas, dando instrução quanto à maneira em que a alma pode ser curada pelo Senhor Jesus. Todo médico deve saber orar com fé em favor do enfermo, bem como aplicar o tratamento apropriado. Ao mesmo tempo deve ele trabalhar como um dos ministros de Deus, ensinar o arrependimento, a conversão e a salvação da alma e do corpo. Essa combinação de trabalho lhe aumentará a experiência e ampliará grandemente a sua influência. Em contato com o povo CSa 544 3 Uma coisa sei: a maior obra dos nossos médicos é obter acesso às pessoas do mundo de maneira correta. Há um mundo a perecer no pecado, e quem se encarregará do trabalho em nossas cidades? O maior médico é aquele que anda nas pegadas de Jesus Cristo. CSa 544 4 Há uma obra para ser feita em todas as nossas cidades, e aqueles que ainda andam e trabalham humildemente com Deus, esforçando-se diariamente para serem vencedores, obterão dia a dia vitórias preciosas. A obra feita com humildade terá as credenciais divinas. Ocultemo-nos em Deus. O que vejo muito claramente é a necessidade de os homens e as mulheres serem unidos na realização da obra que precisa ser feita em nossas cidades. ... O Senhor tolera os homens por muito tempo, e apela insistentemente para que todos se arrependam. Assumirão ministros e médicos este trabalho que mal foi iniciado? Que Deus nos ajude a ser fiéis e a fazer justamente a obra mais necessária agora. CSa 545 1 Agora é o tempo de fazermos decididos esforços para despertar as pessoas que jamais foram advertidas. Muita atenção e esforço tem sido dispensados à página impressa. Isto está certo; se, porém, se envidassem mais esforços para enviar o missionário em pessoa para pregar a verdade, muitas outras almas poderiam ser despertadas e ganhas para a verdade. Enquanto Jesus ministra no santuário de cima, por intermédio de Seu Santo Espírito está Ele operando através de Seus mensageiros terrestres. Esses instrumentos realizarão mais do que a página impressa, caso saiam no Espírito e poder de Cristo. Cristo operará por meio de Seus ministros escolhidos, enchendo-os do Seu Espírito, e dessa forma cumprindo neles a promessa: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. CSa 545 2 Ao comunicarmos a verdade aos descrentes, é bom apresentarmos primeiro alguns assuntos sobre os quais estão de acordo conosco. Os princípios da saúde e temperança apelarão para o seu discernimento e, partindo desses assuntos, poderemos levá-los a compreender as exigências obrigatórias do quarto mandamento. Esta obra podem os nossos médicos ajudar a fazer. Quando as pessoas vêem o valor da instrução dada com respeito ao viver sadio, isto as ajuda a crer que aqueles que ensinam estes princípios possuem a verdade em outros sentidos. CSa 545 3 É plano do Senhor que os médicos bem versados na verdade bíblica se unam aos pastores que trabalham nas cidades e ajudem a dar como um todo a harmoniosa mensagem de advertência que deve ser comunicada ao mundo. Devem ser escolhidos para este trabalho alguns dos homens mais bem qualificados de nossas instituições. CSa 545 4 Pode parecer imprudente a alguns tomarem-se homens qualificados para a posição de médicos-chefes e colocá-los trabalhando nas cidades, mesmo que homens escolhidos preencham seus lugares nas instituições. Precisamos, porém, ter uma visão mais ampla da obra, e considerar que o Senhor está apelando para que se leve a efeito nas cidades um ramo especial da obra, um trabalho que requer os esforços de homens de percepção clara, e que, no poder do Espírito Santo, possam expor diante de grandes congregações os princípios da reforma de saúde. CSa 546 1 A apresentação dos princípios da Bíblia por um médico inteligente terá grande peso para muitas pessoas. Há eficácia e poder naquele que pode combinar em sua influência a obra do médico e a do ministro do evangelho. Sua obra se recomenda ao bom discernimento das pessoas. Sugestões práticas para os médicos CSa 546 2 Estou preocupada pelo fato de tantas coisas ocuparem a mente de nossos médicos que os conservam afastados da obra que Deus desejaria que fizessem como evangelistas. De acordo com a luz que Deus me concedeu, sei que o pregador, consagrado e devotado, e que sabe pôr sua confiança em Deus, é grandemente necessário. Necessitamos de uma centena de obreiros onde temos agora apenas um. Há uma grande obra a ser feita antes que a oposição satânica obstrua o caminho, e percamos nossas oportunidades presentes para trabalhar. O tempo está passando rapidamente. Nossas publicações são numerosas; o Senhor, porém, apela a homens e mulheres de nossas igrejas que possuam discernimento para empenhar-se em genuína obra missionária. Que com toda a humildade exercitem eles os talentos que lhes foram dados por Deus proclamando a mensagem que deve alcançar o mundo neste tempo. CSa 546 3 Espero que exerciteis todas as vossas aptidões neste trabalho. Mostrai a importância da verdade presente do ponto de vista médico. O médico instruído encontrará entrada em nossas cidades onde o não conseguem outros homens. Ensinai a mensagem da reforma de saúde. Isto exercerá influência para com as pessoas. CSa 547 1 O Senhor vos guiará com certeza, se vos esforçardes para fazer a Sua vontade, mesmo que esta interfira com alguns dos vossos desejos e planos. Ao andardes e trabalhardes segundo o conselho de Deus, abrir-se-ão perante vós as portas da oportunidade para unirdes a obra do pastor à do médico. CSa 547 2 Se vós e vossas esposas vos unirdes em trabalho médico-evangelístico na cidade de Boston e em outras cidades do leste, vossa utilidade aumentará, e perante vós se depararão aí claras visões do dever. A mensagem do primeiro anjo veio com grande poder nestas cidades em 1842 e 1843, e é chegado o tempo em que a mensagem do terceiro anjo deve ser proclamada amplamente no leste. Há uma grande obra diante de nossos sanatórios do leste. A mensagem deve ir com poder quando a obra se está a terminar. CSa 547 3 Que as vossas palavras sejam de molde a exaltar a Palavra de Deus. Vivei e ensinai os princípios da reforma de saúde. Realçai vossa crença nas grandes verdades sobre as quais as pessoas cristãs em geral concordarão convosco. Ao defenderdes a verdade de Deus, deveis ser em todos os sentidos o exemplo dos fiéis. CSa 547 4 A importância de fazermos progresso nas grandes cidades ainda se conserva diante de mim. Por muitos anos tem o Senhor estado a insistir conosco sobre este dever, e contudo não vemos senão comparativamente pouco executado em nossos grandes centros populacionais. Se não levarmos avante esta obra de determinada forma, Satanás multiplicará dificuldades que não será fácil superar. Estamos muito aquém na execução da obra que deveria ter sido feita nas cidades tão longamente negligenciadas. O trabalho agora será mais difícil do que teria sido uns poucos anos atrás. Mas se levarmos avante a obra no nome do Senhor, barreiras serão derribadas e obteremos vitórias decisivas. CSa 548 1 São necessárias nessa obra, médicos e ministros do evangelho. Devemos insistir em nossas petições ao Senhor e fazer o melhor possível, investindo com toda a energia possível para fazer uma brecha nas grandes cidades. Tivéssemos seguido os planos do Senhor no passado, muitas luzes que se estão extinguindo estariam brilhando resplendentemente. CSa 548 2 Juntamente com as verdades espirituais, devemos apresentar também o que a Palavra de Deus diz quanto à questão da saúde e temperança. Devemos esforçar-nos de toda maneira possível para levar as almas ao convincente e convertedor poder de Deus. Os fiéis de nossas igrejas precisam ser despertados para fazer sua parte. Que se indiquem ocasiões de oração, e busquemos insistentemente ao Senhor em favor de um aumento de fé e coragem. Que os pastores e os outros membros da igreja trabalhem em prol das almas como nunca dantes. Não devemos gastar nosso tempo meramente repetindo sempre as mesmas coisas às igrejas onde a verdade é bem conhecida. Que os membros da igreja trabalhem unidos em seus vários ramos para despertar algum interesse. Os discípulos de Cristo devem unir-se no trabalho em favor das almas que perecem. Que os obreiros convidem outros a se unirem com eles em seus esforços, para que muitos possam ser inflamados com zelo para trabalhar pelo Mestre. CSa 548 3 Apelo aos membros da igreja em cada cidade para que se apeguem ao Senhor com determinado empenho em favor do batismo do Espírito Santo. Estais certos de que Satanás não está dormindo. Ele porá todo obstáculo possível no caminho daqueles que desejam fazer progresso nesta obra. Muitas vezes esses obstáculos são considerados intransponíveis. Convertam-se todos completa e verdadeiramente, e depois lancem mão da obra inteligentemente e com fé. O trabalho nas cidades CSa 549 0 São Francisco, Califórnia, 12 de Dezembro de 1900 CSa 549 1 Há uma obra a ser feita na Califórnia -- uma obra que tem sido inexplicavelmente negligenciada. Que esta obra não seja retardada por mais tempo. Ao abrirem-se portas para a apresentação da verdade, estejamos prontos para entrar. Tem-se feito alguma obra na grande cidade de São Francisco, mas, ao examinarmos o campo, vemos claramente que foi feito apenas um começo. Assim que possível, devem-se envidar esforços bem organizados em diversos setores desta cidade, e também em Oakland. A maldade de São Francisco não é percebida. Nossa obra nessa cidade deve ampliar-se e aprofundar-se. Deus vê nela muitas almas para serem salvas. CSa 549 2 Foi aberto em São Francisco um restaurante vegetariano; também uma mercearia e salas de tratamento. Estes estão fazendo um bom trabalho, mas sua influência deve expandir-se grandemente. Outros restaurantes similares ao de Market Street devem ser abertos em São Francisco e Oakland. Com respeito ao esforço que está sendo feito agora nesses setores, podemos dizer: Amém e amém. E logo outros ramos da obra que se tornarão uma bênção para o povo serão estabelecidos. A obra evangélica médico-missionária deve ser levada avante com muita prudência e perfeição. A obra sagrada e solene de salvar almas, tem de avançar de maneira modesta, contudo elevada. CSa 549 3 Onde se acham os obreiros? Homens e mulheres inteiramente convertidos, de discernimento e penetrante visão, eis os que devem servir de diretores. Para empregar pessoas para essa obra especial, é mister usar de discernimento -- devem ser pessoas que amem a Deus e andem diante dEle em toda humildade; pessoas que venham a ser instrumentos eficazes na mão* de Deus para consecução do objetivo que Ele tem em vista -- o erguimento e salvação dos seres humanos. CSa 550 1 Os evangelistas médico-missionários estarão habilitados a fazer uma excelente obra como pioneiros. A obra do pastor deve unir-se inteiramente com a do evangelista médico-missionário. O médico cristão deve considerar sua obra como sendo tão exaltada como a do ministério. Repousa sobre ele uma dupla responsabilidade; pois nele se reúnem tanto as qualidades do médico, como as do ministro evangélico. Sua obra é sublime, sagrada e muito necessária. CSa 550 2 O médico e o pastor devem compreender que se acham empenhados na mesma obra. Devem trabalhar em perfeita harmonia. Cumpre-lhes aconselharem-se juntamente. Por meio de sua unidade hão de dar testemunho de que Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo para salvar a todos os que nEle crerem como Salvador pessoal. Os médicos nas grandes cidades CSa 550 3 Os médicos cuja habilidade profissional se acha acima da dos doutores comuns, devem-se dedicar ao serviço de Deus nas grandes cidades. Devem procurar atingir as classes mais elevadas. Alguma coisa está sendo feita em São Francisco, mas se deve fazer muito mais. Que não haja nenhum falso conceito da natureza e da importância desse empreendimento. São Francisco é um campo vasto, e uma parte importante da vinha do Senhor. CSa 550 4 Médicos-missionários que trabalham em ramos evangélicos, estão fazendo uma obra de tão alta espécie, como seus coobreiros do ministério. Os esforços desenvolvidos por esses obreiros não se devem limitar às classes mais pobres. As classes mais altas têm sido estranhamente negligenciadas. Nas esferas mais elevadas da sociedade encontram-se muitos que hão de corresponder à verdade, porque ela é coerente, porque apresenta o selo do elevado caráter do evangelho. Não poucos de entre os homens de capacidade assim conquistados para a verdade, hão de entrar com energia para a obra do Senhor. Homens de posses ajudarão CSa 551 1 O Senhor pede aos que se acham em posições de confiança, aqueles a quem Ele tem confiado Seus preciosos dons, que empreguem os talentos de inteligência e de meios em Seu serviço. Nossos obreiros devem apresentar a esses homens uma clara exposição de nosso plano de trabalho, dizendo-lhes o que necessitamos para auxiliar o pobre e o necessitado, e para estabelecer esta obra sobre uma base firme. Alguns desses serão impressionados pelo Espírito Santo para empregar os recursos do Senhor de maneira a fazer progredir Sua causa. Eles cumprirão Seus desígnios ajudando a criar centros de influência nas grandes cidades. Obreiros interessados serão levados a oferecer-se para vários ramos de trabalho missionário. Estabelecer-se-ão restaurantes saudáveis. Mas com que cuidado deve ser feita essa obra! CSa 551 2 Cada restaurante saudável deve ser uma escola. Os obreiros com ele relacionados devem estudar constantemente e fazer experiências, a fim de aperfeiçoarem o preparo de alimentos saudáveis. Nas cidades, é conveniente que essa obra de instrução seja desenvolvida em muito maior escala do que nos lugares pequenos. Mas, em todo lugar onde há uma igreja, devem ser dadas instruções quanto ao preparo de alimentos simples, saudáveis, para uso dos que desejam viver segundo os princípios de saúde. E os membros da igreja devem comunicar ao povo da vizinhança a luz que recebem acerca desse assunto. CSa 551 3 Os alunos de nossas escolas devem ser ensinados a cozinhar. Que se demonstre tato e habilidade neste ramo de educação. Com todo engano da injustiça, está Satanás operando para pôr os pés dos jovens no caminho da tentação que leva à ruína. Devemos fortalecê-los e auxiliá-los a resistir as tentações que serão enfrentadas de todos os lados com relação à condescendência com o apetite. Ensinar-lhes a ciência do viver sadio é fazer obra missionária para o Mestre. Escolas culinárias em muitos lugares CSa 552 1 Devem-se estabelecer escolas culinárias em muitos lugares. Esta obra pode começar humildemente, mas, à medida que inteligentes cozinheiros fizerem o mais que puderem para esclarecer a outros, o Senhor lhes dará habilidade e entendimento. A ordem do Senhor, é: "Não os impeçais; pois Me revelarei a eles como seu Instrutor." Deus cooperará com os que efetuam Seus planos, ensinando ao povo a fazer uma reforma em seu regime, mediante o preparo de alimento saudável e não dispendioso. Assim os pobres serão animados a adotar os princípios da reforma de saúde. E ser-lhes-á dado auxílio em se tornarem industriosos e confiarem em si mesmos. CSa 552 2 Foi-me mostrado que homens e mulheres de capacidade estavam sendo ensinados por Deus a preparar alimentos saudáveis e apetecíveis, de maneira apropriada. Muitos deles eram moços, e também os havia de idade madura. Fui instruída a animar o estabelecimento de escolas culinárias em todos os lugares em que se está fazendo obra médico-missionária. Deve-se pôr diante do povo todo estímulo para levá-lo a adotar a reforma. Fazei brilhar sobre eles o máximo possível de luz. Ensinai-os a aperfeiçoar o quanto possível o preparo do alimento, estimulando-os a comunicar a outros aquilo que aprendem. CSa 552 3 Não faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para promover a obra em todas as nossas grandes cidades? Milhares e milhares que vivem próximos de nós necessitam de auxílio em vários sentidos. Lembrem os ministros do evangelho que o Senhor Jesus Cristo disse aos Seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte." "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?" Mateus 5:14, 13. Cooperando com eles o Senhor CSa 553 1 O Senhor Jesus operará milagres em favor de Seu povo. Em Marcos dezesseis, lemos: "Ora o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no Céu, e assentou-Se à direita de Deus. E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com sinais que se seguiram." Versos 19 e 20. É-nos assegurado aqui que o Senhor estava qualificando Seus servos escolhidos para se dedicarem à obra médico-missionária após Sua ascensão. CSa 553 2 Da narração do milagre do Senhor, provendo vinho para as bodas, bem como do fato de alimentar a multidão, podemos aprender uma lição da mais alta importância. A produção de alimentos saudáveis em fábricas para isso destinadas é um dos instrumentos do Senhor para satisfazer a uma necessidade. O celeste provedor de todo alimento não deixará Seu povo na ignorância quanto ao preparo das melhores comidas para todos os tempos e ocasiões. Uma maneira de vencer o preconceito CSa 553 3 Os que conhecem a verdade de longa data precisam buscar o Senhor muito ardentemente, a fim de que seu coração se encha da determinação de trabalhar em favor do próximo. Meus irmãos e irmãs, visitai os que vivem próximo de vós e com simpatia e bondade procurai alcançar-lhes o coração. Certificai-vos de trabalhar de maneira que remova o preconceito em lugar de suscitá-lo. -- Testimonies for the Church 9:34 (1909). Sanatórios como postos avançados da cidade CSa 554 1 À semelhança de Melrose, uma das principais vantagens do sanatório de Loma Linda é a agradável variedade da encantadora paisagem. Cremos que ambos os lugares vieram a nossa posse para serem usados com a maior vantagem possível para os propósitos do sanatório. CSa 554 2 Mais importante, porém, do que o cenário magnificente e os belos edifícios e terrenos espaçosos é a grande proximidade dessas instituições dos distritos densamente povoados, e, dessa forma, a oportunidade propiciada de transmitir a muitas e muitas pessoas o conhecimento da terceira mensagem angélica. Devemos possuir um discernimento espiritual claro, do contrário deixaremos de entender as amplas providências de Deus que nos estão preparando o caminho para iluminar o mundo. A grande crise acha-se exatamente diante de nós. Agora é o tempo de fazermos soar a mensagem de advertência, por meio dos instrumentos que Deus nos concedeu para esse fim. Lembremo-nos de que um dos instrumentos mais importantes é a nossa obra médico-missionária. Jamais devemos perder de vista o grande objetivo por que nossos sanatórios foram estabelecidos -- promover a finalização da obra de Deus na Terra. CSa 554 3 Loma Linda está no centro de um distrito muito rico, que inclui três importantes cidades -- Redlands, Riverside e São Bernardino. Esse campo deve ser trabalhado tendo como sede Loma Linda, como Boston tem como sede Melrose. CSa 554 4 Quando o Sanatório da Nova Inglaterra foi transferido de Lancaster do Sul para Melrose, o Senhor me fez saber que isso estava de acordo com Sua ampla providência. Os edifícios e terrenos de Melrose são de qualidade que recomenda a nossa obra médico-missionária, que deve ser levada avante não só em Boston, mas em muitas outras cidades de Nova* Inglaterra não trabalhadas. A propriedade de Melrose é tal que se podem proporcionar condições que atraiam para esse sanatório pessoas não pertencentes à nossa fé. As pessoas aristocratas, bem como as comuns, visitarão essa instituição para certificar-se das vantagens oferecidas para recuperação da saúde. Trabalho denodado em Boston CSa 555 1 Seguidamente, Boston me tem sido indicada como um lugar que deve ser trabalhado fielmente. A luz deve brilhar tanto na periferia como nas partes mais centrais. O Sanatório de Melrose é um dos maiores instrumentos que podem ser empregados para alcançar Boston com a verdade. A cidade e seus subúrbios devem ouvir a última mensagem de misericórdia a ser dada ao nosso mundo. Devem-se fazer reuniões em tendas em vários lugares. Os obreiros devem aplicar ao melhor uso as faculdades que Deus lhes concedeu. Os dons da graça aumentarão pelo sábio uso. Não deve haver, porém, exaltação própria. Nenhum plano preciso deve ser fixado. Que o Espírito Santo dirija os obreiros. Devem eles manter o olhar em Jesus, o autor e consumador de sua fé. A obra para essa grande cidade será indicada pela revelação do Espírito Santo, caso andem todos humildemente com Deus. ... CSa 555 2 Esperamos que os responsáveis pelo trabalho em Nova Inglaterra cooperem com os dirigentes do Sanatório de Melrose tomando medidas agressivas para fazer a obra que deve ser efetuada em Boston. Uma centena de obreiros podem trabalhar com vantagem em diferentes partes da cidade, em variados ramos do serviço. Remindo o tempo CSa 555 3 Os terríveis desastres que estão ocorrendo nas grandes cidades deviam despertar-nos para intensa atividade em dar a mensagem de advertência ao povo, nesses congestionados centros populosos, enquanto temos oportunidade. Passou a ocasião mais favorável para a apresentação de nossa mensagem nas cidades. O pecado e a iniqüidade estão aumentando rapidamente; e agora temos que remir o tempo trabalhando todos o mais intensamente possível. CSa 556 1 A obra médico-missionária é uma porta através da qual a verdade deve encontrar entrada em muitos lares nas cidades. Em cada cidade serão encontrados os que apreciarão as verdades da mensagem do terceiro anjo. Os juízos de Deus estão impendentes. Por que não atentamos para o perigo que ameaça os homens e mulheres que vivem nas grandes cidades da América? Nosso povo não percebe tão vivamente como devia a responsabilidade que sobre eles repousa de proclamar a verdade aos milhões que habitam nessas cidades não advertidas. CSa 556 2 Há muitas almas para serem salvas. Nossa própria alma deve estar firmemente fundada no conhecimento da verdade, para que possamos trazer os outros do erro para a verdade. Precisamos examinar agora as Escrituras diligentemente, e ao nos relacionarmos com os descrentes, devemos exaltar a Cristo como Salvador ungido, crucificado, ressuscitado, anunciado pelos profetas, testificado pelos fiéis, e por meio de cujo nome recebemos o perdão dos nossos pecados. CSa 556 3 Necessitamos agora de uma firme fé na verdade. Compreendamos o que é a verdade. O tempo é muito breve. Cidades inteiras estão sendo varridas. Estamos fazendo a nossa parte em dar a mensagem que preparará um povo para a vinda do seu Senhor? Possa Deus auxiliar-nos a aproveitar as oportunidades que temos. O ministério e a obra médica CSa 557 1 Tanto as missões nacionais como as estrangeiras devem ser dirigidas em combinação com o ministério da palavra. A obra médico-missionária não deve ser levada avante como algo separado da obra do ministério evangélico. O povo do Senhor deve ser uno. Não deve haver separação alguma nessa obra. Tempo e meios estão sendo absorvidos numa obra que é levada avante com muito empenho numa direção apenas. O Senhor não determinou isto. Ele enviou Seus doze apóstolos, e posteriormente os setenta, para pregarem a palavra ao povo, e deu-lhes poder para curar os enfermos e expulsar os demônios em Seu nome. Os dois ramos da obra não devem separar-se. Satanás inventará toda espécie de ardil para separar aqueles a quem Deus está procurando tornar um. Não devemos ser enganados por seus estratagemas. A obra médico-missionária deve estar ligada com a mensagem do terceiro anjo da mesma forma que a mão está ligada ao corpo; e a instrução dos estudantes em assuntos médico-missionários não está completa a menos que eles se preparem para trabalhar em ligação com a igreja e o ministério. CSa 557 2 Há no ministério homens de fé e experiência, homens que podem dizer: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida...; o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos." 1 João 1:1-3. Estes homens devem instruir a outros. ... CSa 557 3 A obra médico-missionária não visa tirar os homens do ministério, mas colocá-los no Campo. Onde quer que se realizem reuniões campais, devem os jovens que receberam instrução em assuntos médico-missionários sentir ser seu dever desempenhar uma parte. Devem eles ser incentivados a falar, não* apenas nestes ramos especiais, mas também sobre aspectos da verdade presente, dando as razões por que somos Adventistas do Sétimo Dia. Ao ser dada a esses jovens uma oportunidade de trabalharem como ministros mais idosos, receberão auxílio e bênção. ... CSa 558 1 Não deve haver nenhuma desestima para com o ministério evangélico. Empreendimento algum deve ser dirigido de maneira a permitir que o ministério da palavra seja considerado como assunto inferior. Ele não o é. Aqueles que desprezam o ministério, estão desprezando a Cristo. A mais elevada de todas as realizações é o ministério em seus vários aspectos, e deve ser conservado diante dos jovens que nenhuma obra é mais abençoada por Deus do que a do ministro do evangelho. CSa 558 2 Que os nossos jovens não sejam impedidos de entrar no ministério. Há o perigo de que por meio de representações ofuscantes alguns se desviem do caminho no qual Deus pede que eles andem. Alguns que se deviam estar preparando para entrar no ministério foram estimulados a fazer um curso de estudos em ramos da medicina. O Senhor convida mais homens para trabalharem em Sua vinha. Foram pronunciadas as palavras: "Reforçai os postos avançados: tende sentinelas fiéis em toda parte do mundo." Deus vos chama, jovens. Ele chama exércitos inteiros de jovens generosos e de visão ampla, e que possuam profundo amor a Cristo e à verdade. ... CSa 558 3 Não é de grandes homens, homens letrados que o ministério necessita, nem de pregadores eloqüentes. Deus chama homens que se dêem a si mesmos a Ele para que sejam cheios do Espírito Santo. A causa de Cristo e da humanidade requer homens santificados, desprendidos, que possam sair para o campo, suportando o vitupério. Que eles sejam homens fortes, bravos, qualificados para empreendimentos dignos, e façam um concerto com Deus com sacrifício. ------------------------Seção 12 -- Exemplos para o rebanho A importância do exemplo correto CSa 559 1 É de suma importância que os ministros e obreiros dêem exemplo correto. Se eles sustentam e praticam princípios falhos, frouxos, seu exemplo é citado por aqueles que gostam mais de falar do que de fazer, como plena justificativa de sua maneira de agir. Cada erro cometido magoa o coração de Jesus e prejudica a influência da verdade, que é o poder de Deus para a salvação das almas. Toda a sinagoga de Satanás busca descobrir faltas na vida dos que estão procurando representar a Cristo, e tira o máximo proveito de cada falha. CSa 559 2 Tende cuidado para que por vosso exemplo não ponhais outras almas em perigo. É coisa terrível perderdes a vossa própria alma; ainda mais terrível, porém, é seguirdes uma conduta que motive a perda de outras almas. É um terrível pensamento que vossa influência se torne um cheiro de morte para morte e, não obstante, isto é possível. Com que zelo santo, pois, não devemos manter em guarda nossos pensamentos, nossas palavras, nossos hábitos, nossas disposições e nosso caráter! Deus requer santidade mais profunda e pessoal de nossa parte. Somente revelando Seu caráter podemos cooperar com Ele na obra de salvar almas. O valor de uma vida coerente CSa 559 3 Aos obreiros de Deus todo cuidado será pouco para que seus atos não lhes contradigam as palavras, pois só uma vida coerente pode exigir respeito. Se nossos atos se harmonizarem* com o nosso ensino, nossas palavras produzirão efeito; uma piedade não baseada em princípios conscienciosos, porém, é como sal insípido. Falar, e não praticar, é como o metal que soa e o címbalo que tine. Não nos traz nenhum proveito esforçar-nos para inculcar princípios que não pomos em prática conscienciosamente. CSa 560 1 Vigiai em oração. Somente dessa maneira podeis dedicar todo o vosso ser à obra do Senhor. O eu deve ser posto em segundo plano. Os que tornam o eu saliente adquirem um costume que logo se torna uma segunda natureza para eles; e logo deixarão de perceber que, em lugar de enaltecerem a Jesus, se exaltam a si mesmos; que em vez de serem condutos por meio dos quais a água da vida possa fluir para refrigerar a outros, absorvem as simpatias e afeições dos que o cercam. Isso não é lealdade a nosso Senhor crucificado. Cartas vivas CSa 560 2 Somos embaixadores de Cristo e devemos viver, não para salvar a nossa reputação, mas tirar da perdição as almas que estão a perecer. Nosso esforço diário deve ser mostrar-lhes que podem obter a verdade e a justiça. Em lugar de procurarmos despertar simpatia para nós mesmos dando aos outros a impressão de que não somos apreciados, devemos omitir completamente o eu; e se deixarmos de fazer isto, por falta de discernimento espiritual e vital piedade, Deus requererá de nossas mãos as almas daqueles por quem devíamos ter trabalhado. Tomou Ele providência para que todo obreiro a Seu serviço possa ter graça e sabedoria, e tornar-se epístola viva, conhecida e lida por todos os homens. CSa 560 3 Pela vigilância e oração podemos realizar exatamente o que o Senhor deseja que desempenhemos. Por meio do fiel, diligente desempenho do nosso dever, pela vigilância em favor das almas como aqueles que devem dar conta, podemos retirar do caminho dos outros toda pedra de tropeço. Por meio de ferventes admoestações e súplicas, com nossas próprias almas repassadas de terna simpatia por aqueles que estão quase a perecer, podemos conquistar almas para Cristo. Entristecendo o Espírito Santo CSa 561 1 Desejaria que todos os meus irmãos e irmãs se lembrassem de que é coisa séria entristecer o Espírito Santo, e de que este é entristecido quando o instrumento humano procura dirigir-se a si mesmo, e se recusa a entrar no serviço do Senhor porque a cruz é muito pesada ou muito grande o desprendimento. O Espírito Santo procura habitar em cada alma. Caso seja Ele bem-vindo como hóspede honrado, os que O receberem se tornarão completos em Cristo. A boa obra começada será terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes ao de Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos obstinados. CSa 561 2 O Espírito Santo é um divino professor. Se prestarmos atenção a Suas lições, tornar-nos-emos sábios para a salvação. Precisamos, porém, guardar bem nosso coração, pois muitas vezes nos esquecemos das instruções celestiais que recebemos e procuramos agir de acordo com as inclinações naturais de nossa mente não santificada. Cada qual deve travar a sua própria batalha contra o eu. Prestai atenção aos ensinos do Espírito Santo. Caso isto seja feito, eles serão constantemente repetidos até as impressões estarem como se fossem "gravadas na rocha para sempre". ... Indiferença e oposição CSa 561 3 O Senhor entregou ao Seu povo uma mensagem sobre reforma de saúde. Esta luz tem estado a brilhar no seu caminho por trinta anos; e o Senhor não pode sustentar os Seus servos numa conduta que a contrarie. Ele Se desgosta quando os Seus servos agem em oposição à mensagem sobre este ponto, mensagem que Ele deseja dêem a outros. Pode Ele mostrar-Se satisfeito quando metade dos obreiros que trabalham num campo, ensinam que os princípios da reforma de saúde estão intimamente ligados à mensagem do terceiro anjo como o braço está ligado ao corpo, enquanto os seus coobreiros, pela prática, ensinam princípios inteiramente opostos? Isto é referido como pecado à vista de Deus. ... CSa 562 1 Nada leva maior desencorajamento às sentinelas do Senhor do que estar associadas com os que têm capacidade mental, que compreendem as razões de nossa fé, mas por preceito e exemplo manifestam indiferença para com obrigações morais. CSa 562 2 A luz que Deus tem dado sobre reforma de saúde não pode ser amesquinhada sem dano para os que o fazem; e homem nenhum pode esperar ser bem-sucedido na obra de Deus enquanto, por preceito e exemplo, age em oposição à luz que Deus enviou. A voz do dever é a voz de Deus -- um guia interior enviado do Céu -- e não devemos brincar com o Senhor sobre este assunto. Aquele que faz pouco caso da luz dada por Deus com respeito à preservação da saúde, insurge-se contra o seu próprio bem e se recusa obedecer Àquele que está operando em favor do seu melhor bem-estar. O dever do cristão CSa 562 3 É dever de todo cristão seguir aquela norma de conduta indicada pelo Senhor como certa para Seus servos. Deve lembrar-se sempre de que Deus e a eternidade se acham diante dele, e não deve menosprezar sua saúde espiritual e física, ainda que tentado a assim fazer pela esposa, filhos ou parentes. "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-O." 1 Reis 18:21. O dever de preservar a saúde CSa 563 1 Sinto-me penalizada ao ver tantos ministros fracos, tantos em leitos de enfermidade, tantos encerrando prematuramente sua história terrestre -- homens que têm suportado o peso de responsabilidades na causa de Deus, e cujo coração estava inteiro em sua obra. A convicção de que teriam de parar com seu labor na obra que amavam, era-lhes muito mais dolorosa do que os sofrimentos ocasionados pela doença, ou mesmo o pensamento da morte em si mesma. CSa 563 2 Não seria tempo de compreendermos que a Natureza não mais tolerará abusos sem protestar? Nosso pai celestial não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens. Não é o autor da doença e da morte; Ele é a fonte da vida. Deseja que os homens vivam; e deseja que sejam obedientes às leis da vida e da saúde, para que vivam. CSa 563 3 Os que aceitam a verdade presente, e são santificados por meio dela, têm um intenso desejo de representá-la em sua vida e caráter. Sentem na alma um profundo anseio de que os outros vejam a luz e nela se regozijem. Ao sair o fiel atalaia, levando a preciosa semente, semeando junto a todas as águas, chorando e orando, a responsabilidade do trabalho é-lhe bem preocupante para a mente e o coração. Ele não pode suportar continuamente a tensão, tendo a alma abalada até ao íntimo, sem se esgotar prematuramente. Em cada discurso são necessárias energia e eficiência. E, de tempos em tempos é necessário que se tire do tesouro da Palavra de Deus uma nova provisão de coisas novas e velhas. Isso comunicará vida e poder aos ouvintes. Deus não quer que fiqueis tão exaustos que vossos esforços não tenham frescura ou vida. CSa 563 4 Aqueles que se empenham constantemente em trabalho* mental, seja estudando ou pregando, necessitam repouso e variação. O diligente estudante está constantemente forçando o cérebro, e fá-lo muitas vezes com negligência do exercício físico; e, em resultado, as forças físicas se enfraquecem, e o esforço mental é diminuído. Assim deixa o estudante de realizar o próprio trabalho que poderia ter feito, houvesse ele agido sabiamente. Trabalho ao ar livre uma bênção CSa 564 1 Se trabalhassem inteligentemente dando tanto ao corpo como à mente a devida quantidade de exercício, os pastores não sucumbiriam tão prontamente à moléstia. Se todos os nossos obreiros se achassem localizados de maneira que pudessem passar algumas horas, diariamente, em trabalho ao ar livre, e se sentissem na liberdade de o fazer, isso lhes seria uma bênção; seriam capazes de se desempenhar com mais êxito dos deveres do seu ofício. Se eles não têm lazer para afrouxar a tensão completamente, poderiam fazer planos e orar enquanto trabalham com as mãos, e voltariam à sua ocupação refrigerados no corpo e no espírito. CSa 564 2 Alguns de nossos pastores acham que precisam realizar cada dia qualquer trabalho que possam relatar para a Associação. E, em resultado de o buscar fazer seus esforços são muitas vezes débeis e ineficientes. Eles devem ter períodos de repouso, de inteira liberdade de trabalho intenso. Esses períodos, porém, não podem tomar o lugar do exercício físico diário. CSa 564 3 Irmãos, quando dedicais tempo a cultivar vosso jardim, adquirindo por essa forma o exercício necessário para manter o organismo em bom funcionamento, estais fazendo a obra de Deus tanto, como ao dirigirdes reuniões. Deus é nosso Pai; ama-nos, e não exige que nenhum de Seus servos trate mal a seu corpo. O comer fora de hora e a indigestão CSa 564 4 Outra causa da má saúde e ineficiência no trabalho, é a má digestão. É impossível ao cérebro trabalhar da melhor maneira quando os órgãos digestivos são maltratados. Muitos comem apressadamente de várias espécies de comida, as quais estabelecem um conflito no estômago, confundindo assim o cérebro. O emprego de alimentos nocivos, e o comer em excesso, mesmo do que é saudável, devem ser igualmente evitados. Muitos comem a toda hora, a despeito das leis da saúde. Depois, a mente fica obscurecida. Como podem os homens ser honrados com a iluminação divina, quando são tão descuidados em seus hábitos, tão desatenciosos para com a luz que Deus tem dado com relação a estas coisas? CSa 565 1 Irmãos, não é tempo de vos converterdes quanto a essas condescendências egoístas? "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta: assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo a servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:24-27. Estudai isto solenemente. CSa 565 2 Não penseis, entretanto, que seja vosso dever viver com um regime insuficiente. Aprendei por vós mesmos o que vos convém comer, que espécie de alimentos melhor nutrem o corpo, e depois segui os ditames da razão e da consciência. Na hora das refeições deixai de parte preocupações e cuidados. Não estejais apressados, mas comei lenta e alegremente, com o coração cheio de reconhecimento para com Deus por todas as Suas bênçãos. E não vos ocupeis em trabalho cerebral imediatamente depois de uma refeição. Fazei um exercício moderado, e dai ao estômago um pouco de tempo para começar seu trabalho. CSa 565 3 Essas coisas não são questão de pequena importância. Devemos dar-lhes atenção, se queremos dar aos vários ramos da obra vigor saudável e o devido tom. O caráter e a eficiência da obra dependem grandemente das condições físicas dos obreiros. Muitas reuniões de comissões e outras, realizadas para fins de conselho, têm tomado infeliz direção, devido ao estado dispéptico dos que nelas tomavam parte. E muito sermão tem recebido um tom sombrio em virtude de má digestão do pastor. CSa 566 1 A saúde é uma bênção inestimável, e mais intimamente relacionada com a consciência e a religião, do que muitos imaginam. Afeta grandemente a capacidade de uma pessoa. Todo pastor deve sentir que, se quer ser um guarda fiel do rebanho, deve manter todas as suas faculdades em condições de prestar o melhor serviço. CSa 566 2 Somos deficientes em conhecimento prático relativo a este assunto. O maravilhoso mecanismo do corpo humano não recebe metade do cuidado que muitas vezes é dispensado a uma simples máquina sem vida. Os homens dedicam anos de estudo ao preparo para este ministério, e não obstante debilitam tanto suas energias no decurso desse trabalho preparatório que morrem prematuramente. CSa 566 3 Nossos obreiros devem empregar seus conhecimentos das leis da vida e da saúde. Lede os melhores autores sobre o assunto, e obedecei religiosamente ao que vossa razão vos mostrar que é a verdade. Mente clara CSa 566 4 Necessitais de mente clara, enérgica, a fim de apreciar o exaltado caráter da verdade, apreciar a expiação, e dar a devida estima às coisas eternas. Se seguis uma errônea direção, e condescendeis com errados hábitos no regime alimentar, enfraquecendo assim as energias mentais, não dareis à salvação e à vida eterna aquele alto apreço que vos inspirará a pôr a vida em conformidade com a vontade de Deus, àqueles diligentes, abnegados esforços que são requeridos por Sua Palavra, e necessários para dar-vos o preparo moral para o último toque da imortalidade. -- Testimonies for the Church 2:66 (1868). Pureza social CSa 567 1 O Senhor fez um concerto especial com o Israel antigo: "Agora pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a Terra é Minha; e vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo." Êxodo 19:5, 6. Ele Se dirige a Seu povo que guarda os mandamentos nestes últimos dias: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz." "Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma." 1 Pedro 2:9, 11. CSa 567 2 Nem todos os que professam guardar os mandamentos de Deus mantêm seu corpo em santificação e honra. A mais solene mensagem já entregue a mortais foi confiada a este povo, e eles poderão exercer uma poderosa influência caso sejam por ela santificados. Eles professam estar em pé sobre a elevada plataforma da verdade eterna, guardando todos os mandamentos de Deus; por isso, se condescenderem com o pecado, se cometerem fornicação e adultério, seu crime é de magnitude dez vezes maior do que o das classes que mencionei, que não reconhecem a lei de Deus como obrigatória. Num sentido especial os que professam guardar a lei de Deus O desonram, e desacreditam a verdade quebrantando-lhe os preceitos. A experiência de Israel uma advertência CSa 567 3 Foi o predomínio deste pecado, a fornicação, entre o Israel antigo, que trouxe sobre eles a assinalada manifestação da desaprovação de Deus. Seus juízos então lhes seguiram de perto* o pecado hediondo; milhares tombaram, e seus corpos contaminados foram deixados no deserto. "Mas Deus não Se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto. E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais pois idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil. ... Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:5-12. Exemplo de piedade CSa 568 1 Acima de todos os outros povos do mundo, os Adventistas do Sétimo Dia devem ser exemplos de piedade, santos no coração e na vida. ... Se aqueles que fazem tão elevada profissão condescendem com o pecado e a iniqüidade, sua falta deve ser muito grande. ... Aqueles que não controlam suas paixões inferiores não podem apreciar a expiação ou dar à alma um valor correto. A salvação não é experimentada nem entendida por eles. A satisfação da paixão animal constitui a maior ambição de sua vida. Deus não aceitará coisa alguma a não ser a pureza e a santidade; uma mancha, uma ruga, um defeito de caráter, exclui-los-á para sempre do Céu, com todas as suas glórias e riquezas. CSa 568 2 Amplas providências foram tomadas para todos que sincera, ardente e ponderadamente se dedicarem à obra de aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. Força, graça e glória foram providas por meio de Cristo, para serem levadas pelos anjos ministradores aos herdeiros da salvação. Ninguém é tão baixo, tão corrupto e vil, que não possa encontrar em Jesus, que morreu por ele, força, pureza e justiça, caso abandone seus pecados, deixe sua vida de iniqüidade e se volte para o Deus vivo com inteiro propósito de coração. ... CSa 569 1 Foi-me feita alusão a este texto: "Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça." Romanos 6:12, 13. Professos cristãos, se não vos for dada nenhuma outra luz a não ser a contida nesta passagem, estareis sem desculpa se vos permitirdes ser controlados por vis paixões. ... CSa 569 2 Há muito tenho estado desejosa de falar a minhas irmãs e dizer-lhes que, de acordo com o que o Senhor achou por bem mostrar-me de tempos em tempos, há uma grande falta entre elas. Não são cuidadosas em se absterem de toda aparência do mal. Nem todas são circunspectas em seu comportamento, como convém a mulheres que professam piedade. Suas palavras não são tão selecionadas, bem escolhidas, como devem ser as das mulheres que receberam a graça de Deus. São muito familiares com seus irmãos. Ficam ao redor deles, inclinam-se para eles, e parecem escolher sua companhia. Eles se sentem grandemente lisonjeados com sua atenção. CSa 569 3 Segundo a luz que o Senhor me concedeu, nossas irmãs devem procurar seguir uma conduta bem diferente. Devem ser mais reservadas, revelar menos afoiteza, e se estimularem "à modéstia e à sobriedade". Tanto os irmãos como as irmãs condescendem com demasiadas conversas espirituosas ao estarem em companhia uns dos outros. Mulheres que professam piedade condescendem com muito gracejo, pilhéria e hilaridade. Isto é impróprio e ofende o Espírito de Deus. Estas exibições revelam falta de refinamento cristão genuíno. Elas não fortalecem a alma em Deus, mas produzem grandes trevas; afugentam os puros e refinados anjos celestiais e levam os que se envolvem nestes erros a descerem a um baixo nível. CSa 570 1 Nossas irmãs devem estimular a verdadeira mansidão; não devem elas ser atrevidas, tagarelas, audaciosas, mas modestas e despretensiosas, tardias para falar. Podem cultivar a cortesia. Ser bondosas, ternas, piedosas, perdoadoras e humildes, seria próprio e agradável a Deus. Se assumirem esta posição, não serão cumuladas com atenções indevidas da parte de cavalheiros na igreja ou fora. Notarão todos que há um sagrado círculo de pureza ao redor dessas mulheres tementes a Deus que as protege de quaisquer liberdades injustificáveis. CSa 570 2 Existe, da parte de algumas mulheres que professam piedade, uma falta de cuidado, uma liberdade vulgar de maneiras, que conduz ao erro e ao mal. As mulheres piedosas, porém, cuja mente e coração se ocupam em meditar sobre temas que robustecem a pureza de vida, e que elevam a alma para estar em comunhão com Deus, não se desviarão facilmente do caminho da retidão e da virtude. Elas serão fortalecidas contra os sofismas de Satanás; estarão preparadas para resistir-lhe as artes sedutoras. CSa 570 3 A vanglória, as modas do mundo, a concupiscência dos olhos e a concupiscência da carne, estão relacionadas com a queda da pessoa infeliz. É acariciado aquilo que agrada ao coração natural e à mente carnal. Tivesse a concupiscência da carne sido desarraigada de seu coração, não seriam elas tão fracas. Se nossas irmãs sentissem a necessidade de purificar seus pensamentos, e jamais se permitissem um descuido de comportamento que leve a atos impróprios, não necessitariam manchar sua pureza no mínimo que fosse. Se elas vissem o assunto como Deus mo apresentou, sentiriam tal aversão por atos impuros que não seriam encontradas entre aqueles que caem pelas tentações de Satanás, não importa a quem ele escolha como instrumento. CSa 571 1 Um pregador pode estar lidando com coisas sagradas e santas e, não obstante, não ser puro de coração. Pode ele entregar-se a Satanás para obrar o mal e corromper as almas e os corpos de seu rebanho. Não obstante, se a mente das senhoras e jovens que professam amar e temer a Deus for fortalecida pelo Espírito Santo; se tiverem exercitado a mente na pureza de pensamento, e se acostumaram a evitar toda aparência do mal, estarão livres de quaisquer propostas impróprias, e protegidas contra a corrupção que prevalece ao seu redor. Escreveu o apóstolo Paulo com referência a si mesmo: "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:27. CSa 571 2 Caso um ministro do evangelho não refreie suas paixões inferiores, se deixa de seguir o exemplo do apóstolo, e assim desonra sua profissão e fé a ponto de nem mesmo chamar de pecado a condescendência, nossas irmãs que professam piedade não devem por um instante sequer iludir-se ao pensamento de que o pecado ou o crime perde sua malignidade no mínimo que seja, pelo fato de seu pastor atrever-se a nele se envolver. O fato de os homens que se acham em posições de responsabilidade se mostrarem familiares com o pecado não deve diminuir a culpabilidade e a enormidade do pecado na mente de ninguém. O pecado deve parecer tão maligno, tão detestável, como tem sido considerado até agora; e a mente dos puros e elevados deve repelir e evitar aqueles que transigem com o pecado, como fugiria de uma serpente cuja picada fosse mortal.* Exercícios e regime alimentar CSa 572 1 Os pastores, professores e alunos não reconhecem como deviam a necessidade de exercício físico, ao ar livre. Negligenciam esse dever por demais essencial para a conservação da saúde. Aplicam-se acuradamente aos livros, e comem a quantidade própria para um trabalhador. Com tais hábitos, alguns se tornam corpulentos, porque o organismo está abarrotado. Outros, ao contrário, emagrecem, ficam fracos, pois suas energias vitais se exaurem no esforço de eliminar o excesso do que é ingerido; o fígado fica sobrecarregado e incapaz de eliminar as impurezas do sangue, vindo em resultado a doença. Caso o exercício físico fosse combinado com o esforço mental, o sangue seria estimulado na circulação, mais perfeito seria o trabalho do coração e eliminadas as toxinas, experimentando-se nova vida e vigor em cada parte do corpo. Sistema nervoso desarranjado CSa 572 2 Quando a mente dos pastores, professores e alunos é continuamente excitada pelo estudo, deixando-se o corpo inativo, sobrecarregam-se os nervos emotivos, ao passo que os da moção ficam em inatividade. Ficando todo o uso nos órgãos mentais, estes são exercitados em excesso e debilitam-se, ao passo que os músculos perdem o vigor por falta de uso. Não há inclinação para exercitar os músculos mediante o trabalho físico, pois este parece enfadonho. CSa 572 3 Ministros de Cristo, que professam ser representantes Seus, devem seguir-Lhe o exemplo, e acima de todos os outros, formar hábitos de estrita temperança. Cumpre-lhes manter diante* do povo, por sua própria vida de abnegação, sacrifício e ativa beneficência, a vida e exemplo de Cristo. Ele venceu o apetite em favor do homem; e em lugar dEle, devem os pastores por sua vez apresentar aos outros um exemplo digno de imitação. Os que não sentem a necessidade de empenhar-se na obra de vencer o apetite, deixarão de alcançar preciosas vitórias que poderiam obter, tornando-se escravos do apetite e da concupiscência, os quais estão enchendo o cálice de iniqüidade dos que habitam na Terra. Abnegação e eficiência CSa 573 1 Os homens empenhados em anunciar a última mensagem de advertência ao mundo, mensagem que deve decidir o destino das almas, devem aplicar na própria vida as verdades que pregam aos outros. Devem constituir, no comer e beber, em sua casta conversação e conduta, um exemplo para o povo. A glutonaria, a condescendência com as paixões inferiores e ofensivos pecados, são ocultos por muitos professos representantes de Cristo no mundo, sob as vestes da santidade. Homens há, de excelentes aptidões naturais, os quais não realizam em seu trabalho metade do que poderiam, caso fossem temperantes em todas as coisas. A condescendência com o apetite e a paixão obscurece a mente, diminui a resistência física, e enfraquece a força moral. Não são claros os pensamentos dos que assim procedem. Suas palavras não são proferidas com poder, falta-lhes a vitalidade do Espírito de Deus para alcançarem o coração dos ouvintes. CSa 573 2 Como nossos primeiros pais perderam o Éden em conseqüência do apetite, nossa única esperança de o reconquistar é por meio da firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime alimentar e o controle de todas as paixões, preservarão o intelecto e darão vigor mental e moral, habilitando o homem a sujeitar todas as suas inclinações ao domínio das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o torto, o sagrado e o comum. Todos quantos têm o verdadeiro senso do sacrifício feito por Cristo em deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de, pela Sua vida, mostrar ao homem como poderia resistir à tentação, de boa mente renunciarão ao próprio eu, preferindo ser participantes dos sofrimentos de Cristo. Qual controlará? CSa 574 1 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os que vencem como Cristo venceu, precisam guardar-se continuamente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser restringidos e postos em sujeição ao domínio de uma consciência esclarecida, para que o intelecto seja equilibrado, claras as faculdades de percepção, de maneira que as manobras do inimigo e seus ardis não sejam considerados como a providência de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória concedidas aos vencedores, mas não estão dispostos a suportar fadiga, privação e renúncia ao próprio eu, como fez o Redentor. É unicamente por meio da obediência e de contínuo esforço que havemos de vencer como Cristo venceu. CSa 574 2 A força dominante do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares quando, se houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás. Os que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de aperfeiçoar o caráter cristão. A incessante transgressão do homem através de seis mil anos, tem trazido em resultado doença, dor e morte. E, à medida que nos aproximamos do fim do tempo, a tentação do inimigo para ceder ao apetite será mais poderosa e difícil de vencer. Uma reforma necessária CSa 575 1 Se os Adventistas do Sétimo Dia pusessem em prática o que professam crer, se fossem sinceros reformadores da saúde, seriam realmente um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. E revelariam um zelo bem maior pela salvação daqueles que ignoram a verdade. Maiores reformas devem-se ver entre o povo que professa aguardar o breve aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve efetuar entre nosso povo uma obra que ainda não se fez. Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele. CSa 575 2 Em toda nossa obra precisamos obedecer às leis que Deus deu, para que as energias físicas e espirituais possam operar em harmonia. Homens poderão ter uma forma de piedade, podem até pregar o evangelho, e ainda não estar purificados e santificados. Pastores devem ser estritamente temperantes no comer e beber, para que não façam veredas tortuosas para seus pés, fazendo com que os coxos -- os fracos na fé -- se desviem do caminho. Se, enquanto proclamam a mais solene e importante mensagem que já foi dada por Deus, os homens combatem contra a verdade por condescenderem com hábitos errados de comer e beber, tiram todo o poder da mensagem que apresentam. Males da alimentação cárnea CSa 575 3 Os que condescendem com o comer carne, beber chá e a glutonaria, estão semeando para uma colheita de dor e morte. A* comida prejudicial introduzida no estômago fortalece os apetites que combatem contra a alma, desenvolvendo as propensões inferiores. Um regime de carne tende a desenvolver a sensualidade. O desenvolvimento da sensualidade diminui a espiritualidade, tornando a mente incapaz de compreender a verdade. CSa 576 1 A Palavra de Deus adverte-nos claramente de que, a menos que nos abstenhamos das concupiscências carnais, a natureza física será levada a conflito com a espiritual. A concupiscência no comer luta contra a saúde e a paz. Assim é estabelecida uma guerra entre os atributos mais elevados do homem e os inferiores. As propensões subalternas, fortes e ativas, oprimem a alma. Os mais altos interesses do ser são postos em perigo por essa condescendência com apetites não sancionados pelo Céu. CSa 576 2 Deve-se ter grande cuidado em formar hábitos corretos no comer e no beber. O alimento ingerido deve ser da espécie que elabore o melhor sangue. Os delicados órgãos da digestão devem ser respeitados. Deus requer de nós, mediante temperança em todas as coisas, que façamos nossa parte para nos mantermos a nós mesmos com saúde. Ele não pode iluminar a mente de um homem que faz de seu estômago uma fossa. Não ouve as orações daqueles que estão andando à luz das faíscas de sua própria fogueira. Erros comuns no regime alimentar CSa 576 3 Verifica-se a intemperança tanto na quantidade como na qualidade do alimento ingerido. O Senhor me fez saber que como regra geral colocamos alimento em demasia no estômago. Muitos se tornam incomodados por comerem em excesso, e muitas vezes o resultado é a doença. O Senhor não lhes traz esta punição. Eles a trouxeram sobre si mesmos, e Deus deseja que eles compreendam que o sofrimento é resultado da transgressão. CSa 577 1 Diariamente maltratados, não podem os órgãos digestivos realizar bem a sua obra. É fabricada uma qualidade inferior de sangue, e assim, por meio da alimentação imprópria, todo o maquinismo se descontrola. Dai ao estômago menos trabalho. Ele se recuperará se se demonstrar cuidado apropriado quanto à qualidade e à quantidade de alimento ingerido. CSa 577 2 Muitos comem muito depressa. Outros usam em uma só refeição vários alimentos que não se combinam. Se os homens e as mulheres tão-somente se lembrassem de quão grandemente afligem eles a alma ao afligirem o estômago, e de quão profundamente é Cristo desonrado quando o estômago é maltratado, negariam o apetite, e dessa forma dariam ao estômago oportunidade de recuperar sua ação sadia. Enquanto estamos sentados à mesa podemos fazer obra médico-missionária comendo e bebendo para glória de Deus. Comer no Sábado CSa 577 3 Comer no sábado a mesma quantidade de alimento que ingerimos em um dia de trabalho está completamente fora de lugar. O sábado é o dia separado para a adoração a Deus, e nele devemos ser de modo especial cuidadosos quanto a nosso regime alimentar. Estômago sobrecarregado significa cérebro embotado. Muitas vezes é ingerida tão grande quantidade de alimento no sábado, que a mente se torna embotada e entorpecida, incapaz de apreciar as coisas espirituais. Os hábitos no comer têm muito que ver com os muitos exercícios religiosos apáticos do sábado. O regime para o sábado deve ser escolhido de acordo com os deveres do dia no qual deve ser apresentado a Deus o mais puro, o mais santo serviço. CSa 577 4 O comer tem muito que ver com a religião. A experiência espiritual torna-se grandemente atingida pela maneira em que o estômago é tratado. O comer e o beber de conformidade com as leis da saúde promovem as ações virtuosas. Se, porém, o estômago é molestado por hábitos que não possuem nenhum fundamento na Natureza, Satanás tira proveito do erro cometido e usa o estômago como um inimigo da justiça, originando um distúrbio que atinge o ser todo. As coisas sagradas não são apreciadas. Diminui o zelo espiritual. A paz mental desaparece. Há dissensão, luta e discórdia. Pronunciam-se palavras impacientes e se praticam atos indelicados; seguem-se práticas desonestas e se manifesta ira -- e tudo porque os nervos do cérebro estão perturbados pelo abuso acumulado sobre o estômago. CSa 578 1 É de lamentar que muitas vezes, quando se devia exercer maior domínio próprio, o estômago é comprimido com uma grande quantidade de alimento não saudável, o qual ali permanece para se decompor. A tortura do estômago aflige o cérebro. O comedor imprudente não compreende que se está desqualificando para dar sábio conselho, desqualificando-se para fazer planos para o melhor andamento da obra de Deus. Mas assim é. Ele não pode discernir as coisas espirituais, e quando devia dizer Sim, nas reuniões conciliares, diz Não. Faz propostas muito fora da pauta, pois o alimento por ele ingerido lhe embotou a energia cerebral. A reforma da saúde e a espiritualidade CSa 578 2 O deixar de seguir saudáveis princípios tem maculado a história do povo de Deus. Tem havido constante afastamento da reforma de saúde, e como resultado Deus é desonrado por grande falta de espiritualidade. Têm-se erguido barreiras que jamais seriam conhecidas se o povo de Deus tivesse andado na luz. CSa 578 3 Nós, que temos tido tão grandes oportunidades, permitiremos ao povo do mundo tomar a nossa frente em reforma de saúde? Aviltaremos nossa mente e rebaixaremos nosso caráter em virtude de erros do comer? Transgrediremos a santa lei de Deus seguindo práticas egoístas? Tornar-nos-emos por nossa incoerência um motivo de zombaria? Havemos de viver de maneira tão anticristã que o Salvador Se envergonhe de nos chamar irmãos? CSa 579 1 Não deveríamos antes realizar essa obra médico-missionária que é o evangelho na prática, vivendo de tal maneira que a paz de Deus reine em nosso coração? Não devíamos remover toda pedra do tropeço dos pés dos incrédulos, tendo sempre em mente o que é devido da parte de quem professa o cristianismo? Muito melhor é abandonar o nome de cristão do que fazer uma profissão de fé e ao mesmo tempo atender ao apetite que fortalece paixões não santificadas. Reforma necessária CSa 579 2 Deus reclama de cada membro da igreja que dedique sem reservas sua vida ao serviço do Senhor. Ele pede decidida reforma. Toda a criação geme sob a maldição. O povo de Deus deve colocar-se onde cresça na graça, sendo santificado no corpo, na alma e no espírito, pela verdade. Quando romperem com toda ruinosa tolerância em matéria de saúde, terão mais clara percepção do que significa verdadeira piedade. Maravilhosa mudança será vista na experiência religiosa. ... CSa 579 3 "E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada e o dia é chegado. Rejeitemos pois as obras das trevas; e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne com suas concupiscências." Romanos 13:11-14. Um movimento de reforma CSa 580 1 Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi as vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844. CSa 580 2 Contudo, alguns se recusavam a converter-se. Não estavam dispostos a andar nos caminhos de Deus, e quando, para poder avançar a obra divina, eram feitos pedidos de ofertas voluntárias, alguns se apegavam egoistamente às suas posses terrestres. Esses ambiciosos foram separados do grupo de crentes. -- Testemunhos Selectos 3:345. ------------------------Seção 13 -- Santidade de vida Luzes em meio das trevas CSa 581 1 O Senhor tem permitido que Sua luz brilhe sobre nós nos últimos dias, para que a escuridão e as trevas que estiveram a acumular-se nas gerações passadas em virtude de condescendências pecaminosas, pudessem ser desfeitas em certa medida, e para que a esteira de males decorrentes da intemperança no comer e no beber fosse diminuída. CSa 581 2 Em Sua sabedoria desejava o Senhor levar o Seu povo a uma posição na qual eles se tornariam separados do mundo no espírito e na prática, para que seus filhos não fossem tão prontamente levados à idolatria e se contaminassem com a corrupção prevalecente desta época. É desejo de Deus que os pais crentes e seus filhos permaneçam como representantes vivos de Cristo, candidatos à vida eterna. Todos os que são participantes da natureza divina escaparão à corrupção que pela concupiscência há no mundo. É impossível aos que transigem com o apetite alcançarem a perfeição cristã. Não podeis atingir as sensibilidades morais de vossos filhos enquanto não fordes cuidadosos na escolha de sua alimentação. -- Testimonies for the Church 2:399, 400 (1870). CSa 581 3 Este mundo é uma escola de preparo para a escola do além, esta vida um preparo para a vida por vir. Devemos preparar-nos aqui para a entrada nas cortes celestiais. Cumpre-nos receber a verdade, crer nela e praticá-la aqui, até que estejamos preparados para habitar com os santos na luz. -- Testimonies for the Church 8:200 (1904). Uma lição tirada da queda de Salomão CSa 582 1 A vida de Salomão poderia ter sido singular até o fim, se tivesse sido preservada a virtude. Ele, porém, renunciou a esta graça especial pelas paixões licenciosas. Em sua juventude se voltou ele para Deus em busca de guia, e nEle confiou, e Deus atentou para ele e lhe deu sabedoria que assombrou o mundo. Seu poder e sabedoria foram exaltados por toda a Terra. Seu pecado, porém, foi o amor às mulheres. Esta paixão não a dominou em sua virilidade, e ela se lhe demonstrou uma armadilha. Suas mulheres o levaram à idolatria, e ao começar ele a descer o aclive da vida, a sabedoria que Deus lhe havia dado foi retirada; perdeu a firmeza de caráter e se tornou mais parecido com um jovem leviano, vagando entre o certo e o errado. Transigindo em seus princípios, colocou-se na corrente do mal, e dessa maneira se separou de Deus, base e fonte de sua força. Ele se desviou do princípio. A sabedoria havia sido para ele mais preciosa do que o ouro de Ofir. Mas, ai! as paixões licenciosas conquistaram a vitória. Ele foi iludido e arruinado pelas mulheres. Que lição em favor da vigilância! Que testemunho com respeito à necessidade do poder de Deus justamente para o fim da vida! CSa 582 2 Na luta com a corrupção interior e as tentações do exterior, mesmo o sábio e poderoso Salomão foi vencido. Não é seguro permitir o mínimo desvio da mais estrita integridade. "Abstende-vos de toda a aparência do mal." 1 Tessalonicenses 5:22. Se uma mulher relata a outro homem suas dificuldades de família, ou se queixa do esposo, ela transgride seus votos matrimoniais; desonra seu esposo, e derriba o muro erguido para preservar a santidade da ligação matrimonial; abre de par em par a porta e convida Satanás para entrar com suas tentações* insidiosas. Isto é exatamente o que Satanás deseja. Se uma mulher vai ter com um irmão cristão para lhe narrar suas mágoas, decepções e provas, dever-lhe-ia ele aconselhar -- se é que ela precisa confiar a alguém suas dificuldades -- a escolher irmãs como confidentes suas, e então não haverá aparência do mal, por cujo meio a causa de Deus possa sofrer opróbrio. CSa 583 1 Lembrai-vos de Salomão. Nas muitas nações nenhum rei houve semelhante a ele, amado pelo seu Deus. Ele, porém, caiu. Afastou-se de Deus e se tornou corrupto, por meio da condescendência com as paixões licenciosas. Este é o pecado predominante desta época, e seu progresso é terrível. Os professos guardadores do sábado não são puros. Há os que professam crer na verdade e são corruptos de coração. Deus os provará, e sua loucura e pecado se tornarão manifestos. Ninguém, a não ser os puros e humildes, pode habitar em Sua presença. "Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no Seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração; que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente." Salmos 24:3, 4. "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo; aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas honra os que temem ao Senhor; aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda; aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado." Salmos 15. Conselhos a médicos e enfermeiros CSa 584 1 O Senhor me mandou apresentar os seguintes textos aos nossos médicos: "Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que abundeis cada vez mais. ... Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." 1 Tessalonicenses 4:1-3. "Como, pois recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e sobreedificados nEle, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo as tradições dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." Colossences 2:6-8. CSa 584 2 Os médicos são colocados onde lhes vêm tentações peculiares. Se não estiverem preparados para resistir às tentações pela prática dos princípios da verdade, eles cairão ao serem tentados por Satanás. Há ministros do evangelho que são muito impotentes para resistir à tentação. Podem eles ter pregado o evangelho durante muito tempo, e com assinalado sucesso; podem ter conquistado a confiança do povo, mas quando pensam que estão fortes, demonstram que não podem permanecer sozinhos sem serem vencidos. A menos que dominem seus hábitos e paixões, a não ser que se mantenham firmemente ao lado de Cristo, perderão a vida eterna. Se os pastores se acham em tão grande perigo, os médicos o estão ainda mais. CSa 584 3 Os perigos ligados aos médicos foram expostos perante mim. Os médicos de nossas instituições não devem permitir-se pensar que não estão sujeitos a perigo algum. Eles estão em perigo real; mas podem evitar os perigos que os rodeiam se andarem humildemente com Deus, acautelando-se para não* se tornarem presunçosos. "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:12. Um poder mais alto e mais forte deve ocupar a cidadela de nossas instituições médicas. Guias e conselheiros experientes CSa 585 1 Em ligação com cada sanatório deve estar um homem e esposa amadurecidos em idade, que sejam firmes como a rocha aos princípios da verdade, que possam agir como guias e conselheiros. A educação dos homens e mulheres em um sanatório é uma obra muito importante e delicada, e a menos que os médicos estejam constantemente preparados para essa obra pelo poder de Deus, serão tentados a olhar para o corpo das senhoras com o coração e mente não santificados. CSa 585 2 Ligados com os nossos sanatórios deve haver sempre senhoras amadurecidas em idade, instruídas e preparadas para a obra, competentes para tratarem das senhoras enfermas. A qualquer custo, devem elas ser empregadas; e caso não sejam encontradas, devem-se instruir e preparar para este trabalho pessoas que possuam as disposições e traços de caráter corretos. Os médicos devem ser circunspectos CSa 585 3 Devem os médicos evitar toda intimidade com as senhoras, sejam casadas ou solteiras. Cumpre-lhes ser sempre circunspectos em seu comportamento. De preferência, nossos médicos devem ser homens casados, cujas esposas possam com eles unir-se no trabalho. Tanto o médico como sua esposa devem possuir uma experiência viva nas coisas de Deus. Se forem cristãos devotados, sua obra será tão preciosa como o ouro fino. CSa 585 4 As almas estão sempre em perigo. Mesmo os médicos casados estão sujeitos a tentações. Alguns têm caído nas armadilhas que Satanás preparou para eles. Nenhum de nós está livre de seu astuto, sedutor poder. Alguns estão cientes de seu perigo, mas sabem que Satanás está empreendendo magistrais esforços para vencê-los, e pela oração fervorosa se entregam ao dever. Enquanto nesta morada inferior -- o mundo -- são guardados pelo poder de Deus. Por meio da prova são preparados para o conflito. São purificados do pecado pelo sangue do Cordeiro. Confiar em Jesus CSa 586 1 Médico algum que confie em sua própria força está seguro. Não devem os médicos iniciar o seu trabalho com pensamentos desatentos e irreverentes. A cada momento devem eles confiar nAquele que deu a vida pela humanidade caída e que respeita a Sua adquirida herança. Em assim fazendo, considerarão eles corretamente a aquisição do sangue de Cristo. Cingirão cada peça da armadura celestial, para que possam estar protegidos contra os assaltos do inimigo. Esta é uma salvaguarda contra o pecado da qual deve o médico valer-se, se deseja ser bem-sucedido em sua obra. CSa 586 2 Nosso corpo pertence a Deus. Pagou Ele o preço da redenção tanto para o corpo como para a alma. "Não sois de vós mesmos; porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. "Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo." Verso 13. O Criador vela pelo maquinismo humano, conservando-o em movimento. Não fosse pelo Seu constante cuidado, o pulso deixaria de bater, cessaria sua atividade o coração, não mais o cérebro desempenharia a sua parte. CSa 586 3 O cérebro é o órgão e instrumento da mente e controla todo o corpo. A fim de que as outras partes do organismo sejam sadias, deve ser sadio o cérebro. E para que o cérebro seja sadio, deve o sangue ser puro. Se pelos hábitos corretos do comer e do beber o sangue se conserva puro, o cérebro será alimentado de maneira apropriada. Condições que trazem a doença CSa 587 1 É a falta de ação harmoniosa no organismo humano que traz a enfermidade. A imaginação pode controlar as demais partes do corpo em prejuízo destas. Todas as partes do organismo devem operar de maneira harmoniosa. As diversas partes do corpo, especialmente as que se acham distantes do coração, devem receber livre circulação do sangue. Os membros desempenham parte importante e devem receber atenção apropriada. CSa 587 2 Deus é o grande zelador do maquinismo humano. Ao cuidarmos do nosso corpo devemos cooperar com Ele. O amor de Deus é necessário à vida e à saúde. A fim de que tenhamos saúde perfeita nosso coração deve estar cheio de esperança, amor e alegria. CSa 587 3 As paixões inferiores devem ser estritamente vigiadas. As faculdades perceptivas são mal empregadas, terrivelmente mal empregadas, quando se permite que as paixões corram desenfreadas. Quando se condescende com as paixões, em lugar de circular por todas as partes do corpo, aliviando assim o coração e purificando a mente, é o sangue atraído em quantidade excessiva para os órgãos internos. Como resultado vem a doença. Não pode o homem ser sadio até que o mal seja notado e corrigido. CSa 587 4 "Mas o que se junta com o Senhor" -- que está estreitamente ligado a Cristo no concerto da graça -- "é um mesmo espírito. Fugi da prostituição." 1 Coríntios 6:17, 18. Não vos detenhais por um momento para arrazoar. Satanás se regozijaria ao ver-vos vencidos pela tentação. Não pareis para discutir o caso com vossa consciência enfraquecida. Desviai-vos do primeiro passo da transgressão. O exemplo de José CSa 588 1 Quisera que o exemplo de José fosse seguido por todos aqueles que alegam ser sábios, que se sentem capazes em sua própria força para desincumbir-se dos deveres da vida. O homem sábio não se deixará governar e dominar por seus apetites e paixões, mas os controlará e governará. Aproximar-se-á de Deus, esforçando-se para preparar mente e corpo para desempenhar-se a contento dos deveres da vida. CSa 588 2 Desejo impressionar a mente dos médicos com o fato de que não podem fazer o que lhes apraz com seus pensamentos e imaginações e ao mesmo tempo estar a salvo em sua vocação. Satanás é o destruidor; Cristo o restaurador. Desejo que nossos médicos compreendam plenamente este ponto. Podem eles salvar as almas da morte pela correta aplicação dos conhecimentos adquiridos, ou trabalhar contra o grande Construtor-Mestre. Podem cooperar com Deus, ou trabalhar contra os Seus planos deixando de trabalhar em harmonia com Ele. A preservação da saúde CSa 588 3 Todos os médicos devem colocar-se sob a direção do Grande Médico. Sob Sua guia farão eles o que devem fazer. O Senhor, porém, não operará um milagre para salvar os médicos que temerariamente abusam de Seu templo. Tanto quanto possível, devem os médicos observar a regularidade em seus hábitos no comer. Cumpre-lhes fazer uma quantidade apropriada de exercício. Devem estar determinados a cooperar com o grande Construtor-Mestre. Deus opera, e o homem deve enquadrar-se em fila e trabalhar com Ele; pois Ele é o Salvador do corpo. CSa 588 4 Acima de todos os demais, necessitam os médicos compreender a relação que os seres humanos mantêm para com Deus com respeito à preservação da saúde e da vida. Precisam estudar diligentemente a Palavra de Deus, para que não menosprezem as leis da saúde. Não há necessidade alguma de que eles se tornem fracos e desequilibrados. Sob a direção da autoridade celestial, podem eles avançar em linhas claras e retas. Mas devem dispensar a mais séria atenção às leis de Deus. Devem considerar que são propriedade de Deus, que foram comprados por um preço, e que por isso devem glorificá-Lo em tudo. Pelo estudo da Palavra de Deus devem eles conservar a mente atenta ao fato de que os seres humanos são propriedade do Senhor pela criação e pela redenção. Devem dizer: Farei tudo o que estiver ao meu alcance para salvar a alma e o corpo daqueles por quem trabalho. Eles foram comprados por preço, o próprio sangue de Cristo, e devo fazer tudo o que possa para auxiliá-los. CSa 589 1 A instrução que tenho para nossos médicos é que eles devem estudar a Palavra de Deus com ardor e diligência. Deus diz: "Saí, ... e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo." 2 Coríntios 6:17. Obedecei a esta ordem, seja qual for o preço para a posição social, honras mundanas e riquezas terrenas. Confiai no Senhor. Andai com toda humildade de espírito diante dEle. Apegando-vos pela fé a Sua palavra, podeis prosseguir. Evitai a aparência exterior CSa 589 2 Nenhum médico deve confiar na aparência exterior, em seus móveis bonitos ou equipamento moderno, para lhe proporcionar estima e exaltar a verdade. Os médicos que confiam nestas coisas são movidos por um poder terreno. Não é a magnificência da casa, a beleza dos móveis, a aparência externa de qualquer espécie, que conquistará para os nossos sanatórios um estandarte verdadeiro. Os médicos que se acham intimamente ligados a Deus farão o que estiver ao seu alcance para vencer a tendência para a vaidade e a ostentação. ... CSa 590 1 A humildade, a abnegação, a beneficência e a entrega fiel do dízimo, mostram que a graça de Deus está operando no coração. O maior Professor, o maior Médico que o mundo já conheceu, ensinou muitas lições sobre a necessidade da humildade. Estas lições devem ser postas em prática pelos Seus seguidores. Cumpre-lhes viver vida de renúncia e sacrifício. Para muitos isto significará uma experiência nova, mas dela dependerá sua salvação. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Cristo, "negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me." Marcos 8:34. O seguir a Cristo produz as virtudes do caráter de Cristo. A humildade é uma virtude preciosa, que agrada a Deus de modo particular. Disse Cristo: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. Os que seguem a Cristo vencerão a tentação e receberão a gloriosa recompensa da vida eterna. E a Cristo renderão eles todo louvor e glória. Vivei vida santa CSa 590 2 Aos moços e moças que se estão instruindo como enfermeiros e médicos, direi eu: Conservai-vos unidos a Cristo. Contemplando-O, somos transformados à Sua semelhança. Lembrai-vos de que não vos estais preparando para namorar ou casar, mas para as bodas de Cristo. Podeis ter um conhecimento teórico da verdade; isto, porém, não vos salvará. Deveis saber por experiência quão maligno é o pecado, e quanto necessitais de Jesus como vosso Salvador pessoal. Somente assim podeis tornar-vos filhos e filhas de Deus. Vosso único mérito é a vossa grande necessidade. CSa 590 3 Os que são escolhidos para fazer o curso de enfermagem em nossos sanatórios devem ser escolhidos sabiamente. As jovens de caráter superficial não devem ser animadas a dedicar-se a este trabalho. Muitos jovens que se apresentam como estando desejosos de ser educados como médicos não possuem aqueles traços de caráter que os habilitarão a resistir as tentações tão comuns à ocupação do médico. Devem ser aceitos apenas aqueles que derem indício de que se qualificarão para a grande obra de comunicar os princípios da reforma de saúde. CSa 591 1 As senhoras jovens relacionadas com nossas instituições devem manter estrita vigilância sobre si mesmas. Cumpre-lhes ser reservadas tanto nas palavras como nas ações. Ao conversarem com um homem casado, jamais devem revelar a menor intimidade. Às minhas irmãs, que se acham ligadas aos nossos sanatórios, eu diria: Cingi-vos da armadura. Ao falardes com os homens, sede bondosas e corteses; nunca, porém, liberais. Olhos atentos acham-se sobre vós, a vigiar-vos a conduta, julgando por meio desta se sois realmente filhas de Deus. Sede modestas. Abstendo-vos de toda a aparência do mal. Conservai a armadura celestial, ou do contrário, pelo amor de Cristo, rompei vossa ligação com o sanatório, o lugar em que as pobres almas naufragadas devem encontrar um porto. Os que se acham ligados a esta instituição devem ter cuidado consigo mesmos. Jamais devem, por palavras ou atos, dar a menor ocasião a que homens ímpios falem mal da verdade. CSa 591 2 Existem dois reinos neste mundo, o reino de Cristo e o de Satanás. Cada um de nós pertence a um destes reinos. Em Sua maravilhosa oração em favor dos discípulos, disse Cristo: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo." João 17:15-18. Exercei uma influência salvadora CSa 592 1 Não é vontade de Deus que nos segreguemos do mundo. Enquanto estamos no mundo, porém, devemos santificar-nos para Deus. Não devemos conformar-nos com o mundo. Importa estarmos no mundo como uma influência corretiva, como o sal que conserva seu sabor. No meio de uma geração profana, impura e idólatra, devemos ser puros e santos, mostrando que a graça de Cristo tem poder para restaurar no homem a semelhança divina. Devemos exercer sobre o mundo uma influência salvadora. CSa 592 2 "Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 João 5:4. O mundo tornou-se um leprosário do pecado, uma massa de corrupção. Ele não conhece os filhos de Deus porque O não conhece a Ele. Não devemos andar em seus caminhos nem seguir os seus costumes. Devemos opor-nos constantemente aos seus princípios frouxos. Disse Cristo aos Seus seguidores: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. É dever dos médicos e enfermeiras resplandecerem como luzes em meio das influências corruptoras do mundo. Cumpre-lhes alimentar os princípios que o mundo não pode empanar. CSa 592 3 A fim de que a igreja seja sadia, deve ela ser composta de cristãos sadios. Em nossas igrejas e instituições, porém, há muitos cristãos enfermiços. A luz que o Senhor me deu está claramente expressa no terceiro capítulo aos Filipenses. Este capítulo deve ser cuidadosamente lido e estudado. As lições nele contidas devem ser praticadas. CSa 592 4 Aquele que coopera com o Grande Médico conservará os nervos, tendões e músculos no melhor estado de saúde possível. Para fazer este trabalho de maneira apropriada, necessita o maquinismo humano de cuidadosa atenção. As ações harmoniosas das diferentes partes devem ser preservadas. Sede fortes no Senhor CSa 593 1 O mesmo acontece com a alma. O coração deve ser cuidadosamente conservado e guardado. "Pois que aproveita ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?" Marcos 8:36, 37. Cristo deve habitar no coração pela fé. Sua palavra é o pão da vida e a água da salvação. O confiar em sua plenitude nos vem através da comunhão constante com Cristo. Ao comermos a carne e bebermos o sangue de Cristo, adquirimos energia espiritual. Cristo provê o sangue vital do coração, e Cristo e o Espírito Santo comunicam energia nervosa. Gerada de novo para uma viva esperança, imbuída do poder vivificante de uma nova natureza, acha-se a alma habilitada a elevar-se mais e mais alto. A oração de Paulo a Deus em favor dos efésios foi: "Para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." Efésios 3:16-19. CSa 593 2 A bênção da graça é concedida aos homens para que o Universo celeste e o mundo caído possam ver que eles não conseguiriam de outro modo, a perfeição do caráter de Cristo. O Grande Médico veio ao mundo para mostrar aos homens e mulheres que por meio de Sua graça podem eles viver de tal maneira que no grande dia de Deus possam receber o testemunho: "Estais completos nEle." CSa 593 3 Importa que os médicos revelem os atributos de Cristo, perseverando firmemente na obra que Deus lhes deu para fazer. Aos que fazem esta obra com fidelidade, anjos são comissionados a dar amplas percepções do caráter e obra de Cristo e Seu poder, graça e amor. Assim se tornam eles participantes da Sua imagem, e dia a dia crescem à plena estatura de homens e mulheres em Cristo. É privilégio dos filhos de Deus terem uma compreensão constantemente ampliada da verdade, para que possam introduzir o amor a Deus e ao Céu no trabalho, e atraiam de outros o agradecimento a Deus por causa das riquezas de Sua graça. CSa 594 1 Temos razão de demonstrar eterna gratidão a Deus por nos haver Ele deixado um exemplo perfeito. Todo cristão deve esforçar-se para seguir zelosamente nas pegadas do Salvador. Devemos elevar preces de reconhecimento e gratidão por nos haver dado um ajudador tão poderoso, uma salvaguarda contra toda tentação, contra toda espécie de impropriedade de pensamento, ato e palavra. CSa 594 2 Nossa única segurança contra o cairmos em pecado é nos conservarmos constantemente sob a influência modeladora do Espírito Santo, empenhando-nos ao mesmo tempo ativamente na causa da verdade e santidade, desincumbindo-nos de cada dever confiado por Deus, mas sem levar fardo algum que Deus sobre nós não tenha colocado. Os médicos devem permanecer firmes sob a bandeira da mensagem do terceiro anjo, combatendo o bom combate da fé, perseverante e vitoriosamente, confiantes na armadura celestial, o equipamento da Palavra de Deus, jamais se esquecendo de que têm um líder que nunca foi e jamais será vencido pelo mal.* O preço da saúde CSa 595 1 Pode-se obter a saúde por hábitos corretos de vida, e pode ela ser levada a render e a capitalizar juros. Este capital, porém, mais precioso do que qualquer depósito bancário, pode ser sacrificado pela intemperança no comer e beber, ou permitindo que os órgãos se enferrujem pela inação. As condescendências acariciadas devem ser abandonadas; deve-se vencer a preguiça. CSa 595 2 A razão pela qual muitos de nossos pastores se queixam de doença é deixarem de fazer exercício suficiente e condescenderem em comer demais. Não compreendem que tal conduta põe em perigo o organismo mais resistente. Os que ... são de temperamento apático devem comer muito moderadamente e não evitar sobrecargas físicas. Muitos de nossos pastores estão cavando suas sepulturas com os dentes. Em se responsabilizando pelo fardo colocado sobre os órgãos digestivos, o físico sofre, e é imposto ao cérebro um pesado ônus. Pois toda ofensa cometida contra as leis da saúde, requer do transgressor o pagamento da penalidade em seu próprio corpo. CSa 595 3 Quando não empenhado ativamente em pregar, trabalhava o apóstolo Paulo em seu ofício como fabricante de tendas. Foi ele obrigado a fazer isto pelo fato de ter aceito uma verdade impopular. Antes de aceitar o cristianismo, havia ocupado uma posição elevada, e não dependia de seu trabalho para se manter. Era costume entre os judeus ensinar-se aos filhos algum ofício, por mais elevada que fosse a posição que esperassem ocupar, para que circunstâncias adversas não viessem deixá-los incapacitados de se manterem a si mesmos. De conformidade com este costume, tornou-se Paulo fabricante de tendas; e ao serem seus meios empregados para o avanço da causa de Cristo e em benefício de seu próprio sustento, recorreu ele a sua profissão a fim de conseguir um meio de vida. -- Testimonies for the Church 4:408, 409 (1880). Simplicidade no vestuário CSa 596 1 Quando vemos nossas irmãs se desviando da simplicidade no vestuário, e cultivando o amor pelas modas do mundo, sentimo-nos perturbados. Adiantando-se passo a passo nessa direção, vão-se separando de Deus, e negligenciando o adorno interior. Elas não se devem sentir na liberdade de gastar o tempo que lhes é dado por Deus com a desnecessária ornamentação de seu vestuário. Quão melhor seria ele empregado em examinar as Escrituras, obtendo assim um conhecimento cabal das profecias e das lições práticas de Cristo! CSa 596 2 Como cristãos, não devemos empenhar-nos em nenhum empreendimento sobre o qual não possamos pedir conscienciosamente a bênção do Senhor. Sentis, minhas irmãs, a consciência limpa, no desnecessário esforço que dedicais ao vestuário? Podeis vós, enquanto tornais perplexa a mente a respeito de franzidos, laços e fitas, estar elevando a alma a Deus em oração para que Ele vos abençoe os esforços? O tempo gasto dessa maneira poderia ser dedicado a fazer o bem aos outros e a ilustrar a vossa própria mente. CSa 596 3 Muitas de nossas irmãs são pessoas de boa habilidade, e se seus talentos fossem usados para a glória de Deus, seriam elas bem-sucedidas na conquista de almas para Cristo. ... CSa 596 4 Especialmente as esposas de nossos pastores devem ser cuidadosas em não se afastarem dos claros ensinos da Bíblia em questão de vestuário. Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor do vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-Lhe-emos ouvidos e seremos sábios? O excesso no vestuário vai em constante progresso. Ainda não é o fim. A moda muda sempre, e nossas irmãs seguem-lhe os* rastos, a despeito do tempo ou das despesas. Grande é a quantia despendida com o vestuário, quando devia volver a Deus, o doador. A moda no vestuário uma pedra de tropeço CSa 597 1 O vestuário simples e de bom gosto da classe mais pobre aparece muitas vezes em marcante contraste com a vestimenta de suas irmãs mais ricas, e esta diferença produz freqüentemente certo constrangimento da parte dos pobres. Algumas procuram imitar suas irmãs mais ricas, e enfeitam, e franzem, e adornam fazendas de qualidade inferior, de maneira que se aproximam delas o máximo possível no vestir-se. Moças pobres, que não recebem mais do que dois dólares por semana pelo seu trabalho,* gastarão cada centavo para se vestirem como as outras que não são obrigadas a ganhar a sua própria manutenção. Estas jovens não possuem coisa alguma para colocar na tesouraria de Deus. E seu tempo é tão completamente absorvido em tornar seus vestidos tão na moda como os de suas irmãs, que elas não dispõem de nenhum tempo para o aperfeiçoamento da mente, o estudo da Palavra de Deus, a oração secreta ou para a reunião de oração. A mente é inteiramente absorvida em planejar como aparecer tão bem como suas irmãs. Para alcançar este objetivo, a saúde física, mental e moral é sacrificada. A felicidade e o favor de Deus são colocados sobre o altar da moda. CSa 597 2 Muitas deixarão de assistir ao serviço religioso no sábado, porque seu vestuário pareceria diferente em estilo e adorno, do de suas irmãs cristãs. Considerarão as minhas irmãs estas coisas como são, e perceberão completamente o peso de sua influência sobre os outros? Ao andarem elas próprias num caminho proibido, levam outros pela mesma vereda de desobediência e apostasia. A simplicidade cristã é sacrificada para a exibição exterior. Minhas irmãs, de que maneira mudaremos tudo isso? Como nos libertaremos da cilada de Satanás e despedaçaremos as cadeias que nos têm conservado escravos da moda? Como recuperaremos nossas oportunidades perdidas? Como conservar nossas energias em ação sadia e vigorosa? Existe uma maneira apenas, esta é tornar a Bíblia nossa norma de vida. ... CSa 598 1 Muitos se vestem semelhante ao mundo, a fim de exercer influência sobre os descrentes; eles, porém, cometem aqui um erro lamentável. Se quiserem ter uma verdadeira e salvadora influência, vivam de acordo com a sua profissão, mostrem sua fé pelas suas obras de justiça, e façam clara distinção entre o cristão e o mundano. As palavras, o vestuário, as ações, devem testemunhar de Deus. Então uma santa influência se espalhará sobre todos os que lhes estão ao redor, e até os descrentes tomarão conhecimento de que eles têm estado com Jesus. Caso alguém deseje que sua influência fale em favor da verdade, que viva de acordo com a sua profissão e dessa forma imitem o humilde Modelo. CSa 598 2 O orgulho, a ignorância e a loucura são companheiros inseparáveis. O Senhor está descontente com o orgulho manifestado entre o Seu povo professo. Ele é desonrado por sua conformidade com as modas prejudiciais, imodestas e dispendiosas dessa era degenerada. ... A reforma do vestuário CSa 598 3 Para proteger o povo de Deus da corruptora influência do mundo, bem como para promover a saúde física e moral, foi a reforma do vestuário introduzida entre nós. Não foi ela planejada para ser um jugo de escravidão, mas uma bênção; não para aumentar o trabalho, senão para poupar trabalho; para poupar gastos, e não para acrescentar gasto com vestuário. Faria distinção entre o povo de Deus e o mundo, e dessa forma serviria de barreira contra suas modas e loucuras. Aquele que conhece o fim desde o princípio, que compreende nossa natureza e nossas necessidades -- nosso compassivo Redentor -- viu nossos perigos e dificuldades, e condescendeu em dar-nos oportuna advertência e instrução atinentes a nossos hábitos de vida, até mesmo na escolha apropriada da alimentação e do vestuário. CSa 599 1 Satanás está inventando constantemente novo estilo de vestuário que se provará uma maldição para a saúde física e moral; exulta quando vê professos cristãos aceitarem avidamente as modas por ele inventadas. Não se pode calcular a quantidade de sofrimento físico originado pelo vestuário anormal e prejudicial à saúde. Muitos se têm tornado eternos inválidos por meio de sua condescendência com os preceitos da moda. ... CSa 599 2 Entre essas modas perniciosas estavam as grandes saias-balão, que freqüentemente causavam exposição indecente da pessoa. Em contraste com estas foi apresentada uma vestimenta simples, modesta e decente, a qual deveria dispensar as saias-balão e os vestidos de cauda, e proveria a devida proteção dos membros. Mas a reforma do vestuário compreendia mais do que encurtar o vestido e proteger os membros. Incluía toda peça de vestuário que está sobre a pessoa. Aliviava o peso de sobre os quadris, fazendo penderem as saias dos ombros. Removia os apertados espartilhos, que comprimem os pulmões, o estômago e outros órgãos internos, e induz à curvatura da espinha e a quase um incontável cortejo de enfermidades. A devida reforma do vestuário provia a proteção e o desenvolvimento de cada parte do corpo.* ... Nosso vestuário um testemunho CSa 599 3 Muitas almas convencidas da verdade têm sido levadas a decidir-se contra ela por causa do orgulho e do amor do mundo manifestado por nossas irmãs. A doutrina pregada parecia clara e harmônica, e os ouvintes sentiam dever levantar uma pesada cruz, com a aceitação da verdade. Quando essas pessoas viram nossas irmãs fazendo tanta ostentação no vestuário, disseram: "Esse povo veste-se da mesma forma que nós. Não podem realmente crer o que professam; afinal, devem estar enganados. Se na verdade pensassem que Cristo havia de vir em breve, e o caso de cada alma devia ser decidido para a vida eterna ou morte eterna, não podiam dedicar tempo e dinheiro para se vestirem de acordo com as modas existentes." Mal sabiam aquelas professas irmãs crentes o sermão que seu vestuário estava pregando! Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando. Isto não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar. ... CSa 600 1 Não queríamos, de maneira alguma, acoroçoar a negligência no vestuário. Que as roupas sejam adequadas e decentes. Ainda que seja apenas um tecido de pouco preço, deve estar limpo e bem assentado. Caso não haja babados, a dona não somente poderá economizar alguma coisa fazendo ela própria, como também economizará lavando-o e passando-o ela mesma. Famílias há que tomam sobre si pesados fardos vestindo os filhos de acordo com a moda. Que perda de tempo! As pequenas haviam de parecer muito ativas com um vestido livre de babados e adornos, mas limpinho e bem arranjado. É tão fácil lavar e passar um vestido assim, que esse trabalho não parecerá uma carga. ... As crianças sujeitadas à moda CSa 600 2 Mas o mal maior é a influência que se exerce sobre as crianças e os jovens. Ao virem ao mundo, por assim dizer, já se acham sujeitas às exigências da moda. As criancinhas ouvem mais de vestidos do que da salvação. Vêem as mãos mais diligentes em consultar os figurinos do que a Bíblia. Fazem-se mais visitas à loja e à modista do que à igreja. A exibição do vestuário se torna de mais importância do que o adorno do caráter. Há rigorosas reprimendas por sujar os finos trajes, e o espírito se torna impertinente, irritável sob as contínuas restrições. CSa 601 1 Um caráter deformado não preocupa tanto a mãe como um vestido sujo. A criança ouve mais acerca de roupas do que da virtude; pois a mãe se acha mais familiarizada com a moda do que com seu Salvador. O exemplo dela rodeia muitas vezes os jovens com uma atmosfera envenenada. O vício, disfarçado sob as roupagens da moda, introduz-se entre os filhos. CSa 601 2 Um vestuário simples fará com que uma mulher judiciosa se apresente sob o melhor aspecto. Ajuizamos do caráter de uma pessoa pelo estilo do seu traje. O vestuário pomposo trai um espírito fraco e vaidoso. A mulher modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. O fino gosto, o espírito culto, revelar-se-á na escolha do traje simples e apropriado. O adorno imperecível CSa 601 3 Há um ornamento imperecível, o qual promoverá a felicidade de todos ao redor de nós nesta vida, e fulgirá com brilho que não desmerece no futuro imortal. É o adorno de um espírito manso e humilde. Deus nos manda usar na alma o mais precioso vestido. A cada olhar ao espelho, deviam os adoradores da moda lembrar-se da negligência da alma. Toda hora desperdiçada perante o espelho, devia reprová-los por deixarem ao abandono o intelecto. Então poderia haver uma reforma que elevasse e enobrecesse todos os objetivos e desígnios da vida. Em lugar de buscar ornamentos de ouro para o exterior, cumpria fazer-se diligente esforço para obter aquela sabedoria que é mais valiosa do que o fino ouro, sim, mais preciosa que os rubis. ... O efeito do vestuário sobre a moral CSa 602 1 O amor ao vestuário põe em perigo a moral e torna a mulher o oposto da senhora cristã, caracterizada pela modéstia e a sobriedade. A roupa aparatosa, extravagante, encoraja muitas vezes o sensualismo no coração do que a usa, e desperta as paixões inferiores no coração do observador. Deus vê que a ruína do caráter é freqüentemente precedida pela condescendência com o orgulho e a vaidade no vestir. Nota Ele que o vestuário dispendioso sufoca o desejo de fazer o bem. CSa 602 2 Quanto mais meios gastam as pessoas em vestuário, tanto menos têm para alimentar os famintos e vestir os nus; e as torrentes de beneficência, que deveriam estar fluindo constantemente, secam-se. Toda importância poupada por deixar alguém de satisfazer o seu eu com ornamentos inúteis, pode ser dada aos necessitados, ou ser colocada na tesouraria do Senhor para manter o evangelho, para enviar missionários aos países estrangeiros, multiplicar as publicações para levarem raios de luz às almas que se acham nas trevas do erro. Todo dinheiro desnecessariamente usado, priva o gastador de uma oportunidade preciosa de fazer o bem. ... CSa 602 3 Ao colocardes sobre vossa pessoa uma peça de vestuário inútil ou extravagante, estais retendo o que pertence aos desnudos. Ao pordes em vossa mesa uma variedade desnecessária de alimentos caros, estais negligenciando alimentar os famintos. Como se acha o vosso registro, professos cristãos? Não gasteis, peço-vos, com condescendências tolas e prejudiciais aquilo que Deus requer em Sua tesouraria, e a parte que deve ser dada aos pobres. Que não nos vistamos com roupas dispendiosas, mas, como mulheres que professam piedade, de boas obras. Não permitamos que o clamor da viúva e do órfão cheguem até o Céu contra nós. Não permitamos que o sangue das almas seja encontrado em nossas vestes. Que o precioso tempo de graça não seja esbanjado em nutrir o orgulho do coração. Não há nenhum pobre para ser visitado? olhos alguns cegos aos quais possais ler a Palavra de Deus? pessoa alguma desapontada e desanimada que necessite de vossas palavras de conforto e de vossas orações? ... CSa 603 1 Minhas irmãs, não brinqueis por mais tempo com a vossa própria alma e com Deus. Foi-me mostrado que a principal causa de vossa apostasia é o vosso amor ao vestuário. Isto leva à negligência de importantes responsabilidades, e vos sentireis apenas com uma centelha do amor de Deus em vosso coração. Sem demora renunciai a causa de vossa apostasia, pois ela é pecado contra vossa própria alma e contra Deus. Não vos endureçais pelo engano do pecado. CSa 603 2 Como povo, somos considerados peculiar. Nossa posição e fé nos distinguem de todas as outras denominações. Caso não sejamos em nada melhores do que o mundo na vida e no caráter, eles nos apontarão o dedo escarnecedor, e dirão: "Estes são os Adventistas do Sétimo Dia." "Temos aqui um exemplo do povo que guarda o sétimo dia em lugar do domingo." O estigma que deveria aplicar-se corretamente a uma determinada classe é, dessa forma, colocado sobre todos os que conscienciosamente guardam o sétimo dia. Oh! quão melhor seria se tal classe não fizesse nenhuma alegação de obedecer à verdade! -- Testimonies for the Church 5:138 (1882).* Extremos no vestuário CSa 604 1 Como um povo, não cremos que nosso dever de sair do mundo seja estarmos fora da moda. Se temos um tipo de vestuário simples, natural, modesto e confortável, e jovens descrentes escolhem vestir-se como o fazemos, devemos mudar essa maneira de vestir-nos a fim de ser diferentes do mundo? Não, não devemos ser excêntricos ou esquisitos em nosso vestuário para diferir do mundo, temendo que nos desprezem por assim fazermos. Os cristãos são a luz do mundo e o sal da Terra. Seu vestuário deve ser simples e modesto, sua conversação casta e celestial, intocável o seu comportamento. CSa 604 2 Como nos vestiremos? Se alguém usasse pesadas saias acolchoadas antes da introdução das saias-balão, apenas para mostrar-se, e não para conforto, pecaria contra si mesmo prejudicando sua saúde, a qual lhe cumpre preservar. Se alguém as usar agora apenas para imitar as saias-balão, comete pecado; pois está procurando imitar uma moda vergonhosa. Saias presas com alças foram usadas antes que se introduzissem as saias-balão. Tenho usado uma saia leve de alças desde que eu tinha catorze anos de idade, não para exibir-me, mas pelo conforto e decência. Pelo fato de terem sido introduzidas as saias-balão não deixarei por elas a minha saia de alças. Devo eu pô-la de lado agora porque a moda das saias-balão é introduzida? Não; isso seria levar o assunto a extremo. CSa 604 3 Cumpre-me ter sempre em mente que devo ser um exemplo, e portanto não devo correr atrás desta ou daquela moda, mas seguir uma conduta uniforme e independente e não ser induzida a extremos com relação ao vestuário. Pôr de lado minha saia de alças que foi sempre modesta e confortável, e pôr-me em uma fina saia de algodão, e dessa maneira parecer ridícula em outro extremo, seria um erro, pois assim eu não seria um exemplo correto, mas poria um argumento na boca das* que usam saia-balão. Para se justificarem por usar saias-balão elas poderiam apontar-me como alguém que não as usa, e dizer que não se desonrariam daquela maneira. Ao irmos a tal extremo, destruiríamos toda influência que de outro modo poderíamos ter exercido, e levaríamos as que usam saias-balão a justificarem sua conduta. Devemos vestir-nos modestamente, sem a mínima consideração para com a moda da saia-balão. CSa 605 1 Existe uma posição intermediária nestas coisas. Oh! possamos todos encontrar sabiamente essa posição e conservá-la! Que todos examinemos nosso coração e neste tempo solene, arrependamo-nos dos nossos pecados e nos humilhemos diante de Deus. A obra está entre Deus e vossa própria alma. É uma obra individual, e todos têm muito o que fazer sem ser criticar o vestuário, os atos e os motivos de seus irmãos e irmãs. "Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor." Sofonias 2:3. Eis nossa obra. Não é aos pecadores que se dirige esta mensagem, mas a todos os mansos da Terra, que põem por obra o Seu juízo, ou que guardam os Seus mandamentos. Há trabalho para todos, e se todos obedecerem veremos terna união nas fileiras dos guardadores do sábado. Vestuário imodesto CSa 605 2 Cremos não estar de conformidade com a nossa fé vestir-se de acordo com o costume americano, usar saias-balão, ou ir ao extremo de vestir compridos vestidos que varrem as calçadas e ruas. Caso as senhoras usassem seus vestidos deixando um espaço de uma ou duas polegadas entre a sujeira das ruas, seus vestidos seriam mais modestos, e elas poderiam conservar-se limpas muito mais facilmente e durante mais tempo. Esses vestidos estariam de conformidade com a nossa fé. -- Testimonies for the Church 1:424 (1864). Os pais como reformadores CSa 606 1 A obra de temperança deve começar em nossa família, à nossa mesa. As mães têm importante obra a fazer a fim de darem ao mundo, mediante a verdadeira disciplina e educação, filhos capazes de ocupar qualquer posição, por assim dizer, e que também possam honrar e fruir os deveres da vida doméstica. CSa 606 2 Muito importante e sagrada é a obra da mãe. Cumpre-lhe ensinar aos filhos, desde o berço, a praticar atos de domínio próprio e de abnegação. Caso o tempo da mãe seja ocupado principalmente com as extravagâncias deste século degenerado, se os vestidos e as reuniões sociais lhe tomam o precioso tempo, as crianças deixam de receber aquela educação que lhes é essencial possuir a fim de formarem caráter digno. A ansiedade da mãe cristã não deve ser meramente no sentido das coisas exteriores, mas de que seus filhos possuam constituição saudável e boa moral. CSa 606 3 Muitas mães que deploram a intemperança que existe por toda parte, não aprofundam a visão o bastante para ver a causa. Preparam diariamente uma variedade de pratos e alimentos muito condimentados, que tentam o apetite e incitam a comer em excesso. A mesa de nosso povo americano é geralmente provida de modo a formar bêbados. Para vasta classe, o apetite é a regra dominante. Quem quer que condescenda com o apetite comendo demasiado freqüentemente, e comida que não seja saudável, está enfraquecendo sua força para resistir aos reclamos desse apetite e da paixão em outros sentidos, e isto proporcionalmente ao vigor que permitiu tomarem os hábitos incorretos no comer. As mães precisam ser devidamente impressionadas quanto à obrigação que têm para com Deus e o mundo, de prover à sociedade filhos de caráter bem formado.* Homens e mulheres que venham ao campo de ação com princípios firmes, estarão aptos a permanecer incontaminados entre a poluição moral deste século corrupto. É dever das mães aproveitarem suas oportunidades áureas para educar corretamente seus filhos para a utilidade e o dever. ... Onde começa a intemperança CSa 607 1 Repetimos, a intemperança começa em nossas mesas. Condescende-se com o apetite até que a condescendência com ele se torna a segunda natureza. Pelo uso do chá e café predispõe-se o apetite para o uso do fumo, e este estimula o desejo de bebidas alcoólicas. CSa 607 2 Para evitarem o trabalho de educar pacientemente seus filhos a seguirem hábitos de renúncia, e ensinar-lhes como fazer uso correto de todas as bênçãos de Deus, muitos pais permitem que eles comam e bebam sempre que desejem. A menos que sejam terminantemente restringidos, o apetite e a condescendência egoístas crescem cada vez mais e cada vez mais se fortalecem. Ao iniciarem seus filhos a vida por si mesmos e tomarem seu lugar na sociedade, tornam-se impotentes para resistir à tentação. A impureza moral e a iniqüidade gritante abundam por toda a parte. A tentação para condescender com o apetite e satisfazer a inclinação não diminuiu com o passar dos anos, e em geral os jovens são governados pelo impulso e tornam-se escravos do apetite. Vemos no glutão, no viciado em fumar, no beberrão e no ébrio os maus resultados da educação defeituosa. CSa 607 3 Ao ouvirmos as tristes lamentações de homens e mulheres cristãos sobre os terríveis males da intemperança, sem demora surgem na mente as perguntas: Quem educou os jovens e lhes deu essa espécie de caráter? Quem promoveu neles o apetite que adquiriram? ... CSa 608 1 Vi que, por meio de suas tentações, está Satanás instituindo modas que estão sempre mudando e atrativas reuniões e folguedos, para que as mães possam ser levadas a dedicar o tempo de graça que lhes foi dado por Deus a assuntos frívolos, para que elas não disponham senão de pouca oportunidade de educar e preparar seus filhos de maneira conveniente. Nossos jovens necessitam de mães que lhes ensinem desde o berço a controlar as paixões, a renunciar ao apetite e a subjugar o egoísmo. Precisam de mandamento sobre mandamento e regra sobre regra, um pouco aqui e um pouco ali. CSa 608 2 Foi concedida aos hebreus orientação sobre a maneira em que deviam educar os seus filhos a evitarem a idolatria e a iniqüidade da nação pagã: "Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos; e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te." Deuteronômio 11:18, 19. ... A responsabilidade da mãe CSa 608 3 Dirigimo-nos às mães cristãs. Imploramos que sintais vossa responsabilidade como mães, e que vivais não para agradar a vós mesmas, mas para glorificar a Deus. ... CSa 608 4 A mulher deve ocupar uma posição mais sagrada e elevada na família do que o rei em seu trono. Sua grande obra é tornar sua vida um exemplo vivo que ela deseje que seus filhos imitem. Tanto por preceito como por exemplo, deve ela suprir-lhes a mente com conhecimentos úteis e levá-los a trabalhar sacrificando-se pelo bem de outros. O maior estímulo para a mourejante e sobrecarregada mãe deve ser que cada filho seja educado de maneira correta e que possua o adorno interior, o ornamento de um espírito manso e quieto, obtenha aptidão para o Céu e resplandeça nas cortes do Senhor. ... CSa 609 1 Se as crianças e jovens fossem preparados e educados para exercer hábitos de renúncia e domínio próprio, se fossem ensinados a comer para viver em lugar de viver para comer, haveria menos enfermidades e menos corrupção moral. Haveria pouca necessidade de campanhas de temperança, ... caso fossem implantados nos jovens que formam e modelam a sociedade, princípios corretos com relação à temperança. Possuiriam eles então valor e integridade moral para resistir, na força de Jesus, à poluição dos últimos dias. Temperança no lar CSa 609 2 Um dos problemas mais difíceis é desaprender os hábitos com os quais se condescendeu através da vida e que moldaram o apetite. O demônio da intemperança não é facilmente conquistado. Possui força de gigante e é duro de ser vencido. Iniciem, porém, os pais uma cruzada contra a intemperança em seus próprios lares, em sua própria família, nos princípios que ensinam seus filhos a seguir desde a infância, e podem esperar o sucesso. Vale a pena, mães, usardes as preciosas horas que Deus vos concede formando, desenvolvendo e aperfeiçoando o caráter de vossos filhos, e ensinando-os a seguir estritamente os princípios de temperança no comer e no beber. CSa 609 3 Os pais podem ter transmitido a seus filhos tendências para o apetite e a paixão, as quais tornarão mais difícil o trabalho de educar e preparar esses filhos para serem estritamente temperantes e possuírem hábitos puros e virtuosos. Se o apetite para alimentos menos saudáveis e para estimulantes e narcóticos lhes foi transmitido como um legado por seus pais, que responsabilidade tremendamente solene repousa sobre os pais, de anularem as tendências más que comunicaram a seus filhos! Quão zelosa e diligentemente devem os pais trabalhar para cumprir o seu dever, com fé e esperança, para com sua desditosa prole! CSa 610 1 Cumpre aos pais tornarem sua principal obrigação entender as leis da vida e da saúde, para que coisa alguma seja por eles feita no preparo da alimentação, ou mediante quaisquer outros hábitos, que desenvolva em seus filhos tendências errôneas. Quão cuidadosamente devem as mães procurar preparar suas mesas com a mais simples e saudável alimentação, a fim de que os órgãos digestivos não se tornem debilitados, desequilibradas as energias nervosas e neutralizada a instrução que derem a seus filhos, pela alimentação colocada diante deles! Esta alimentação enfraquece ou fortalece os órgãos do estômago, e tem muito que ver com o controle da saúde física e moral da criança. ... Aqueles que condescendem com o apetite dos filhos, e não lhes controlam as paixões, notarão o terrível erro que cometeram no amante do cigarro e no escravo das bebidas alcoólicas, cujos sentidos estão embotados e cujos lábios proferem mentira e profanidade. CSa 610 2 Quando pais e filhos se encontrarem no ajuste final, que cena será apresentada! Milhares de filhos que se tornaram escravos do apetite e do vício aviltante, cujas vidas são destroços morais, serão colocados face a face com seus pais que os tornaram o que eles são. Quem, senão os pais, deve ter esta tremenda responsabilidade?* Cuidado com a corrupção moral CSa 611 1 Se as irmãs fossem nobres e possuíssem pureza de coração, quaisquer tentativas de aproximação corrupta, mesmo de seu pastor, seria repelida com tal firmeza que jamais precisaria repetir-se. As mentes devem estar terrivelmente obscurecidas por Satanás, quando dão ouvidos à voz do sedutor pelo fato de ser ele pastor, e transgridem dessa forma os claros e positivos mandamentos de Deus, e se lisonjeiam de que não cometem nenhum pecado. Não temos nós as palavras de São João: "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade"? 1 João 2:4. Que diz o mandamento? "Não adulterarás." Êxodo 20:14. Quando um homem que professa guardar a santa lei de Deus, e ministrando coisas sagradas, tira vantagem da confiança que sua posição lhe confere e procura condescender com suas paixões inferiores, este fato deveria, por si só, ser suficiente para tornar possível a uma senhora que professa piedade ver que, embora sua profissão seja tão elevada quanto o Céu, uma proposta impura dele emanada partiu de Satanás disfarçado em anjo de luz. Não posso crer que a Palavra de Deus habite no coração daqueles que tão prontamente depõem sua inocência e virtude sobre o altar das paixões concupiscentes. CSa 611 2 Minhas irmãs, evitai até a aparência do mal. Nesta era dissoluta, enegrecida pela corrupção, não estareis a salvo a menos que permaneçais vigilantes. Raras são a virtude e a modéstia. Apelo a que, como seguidoras de Cristo, que fazeis uma exaltada profissão, acaricieis o precioso, inestimável adorno da modéstia. Esta preservará a virtude. Se nutris qualquer esperança de ser finalmente exaltadas para vos juntardes à companhia dos puros, inocentes anjos e viver em uma atmosfera* onde não há o menor vestígio de pecado, acariciai a modéstia e a virtude. Coisa alguma a não ser a pureza, sagrada pureza, subsistirá no exame final, permanecerá no dia de Deus, e será recebida no puro e santo Céu. Repeli a familiaridade indevida CSa 612 1 Seja qual for a fonte das quais procedam, as mais leves insinuações que vos convidem a transigir com o pecado ou a permitir a menor liberdade injustificável para com vossa pessoa, devem ser repelidas como o maior dos insultos à vossa dignidade feminina. O beijo na face, em tempo e lugar impróprios, deve levar-vos a repelir o emissário de Satanás com revolta. Se ele procede de alguém que se acha em posição elevada, que lida com coisas sagradas, o pecado é de magnitude dez vezes maior e deve levar a senhora ou a jovem tementes a Deus a horrorizar-se, não só do pecado que ele desejaria que cometêsseis, mas da hipocrisia e vilania de alguém a quem as pessoas respeitam e honram como servo de Deus. Ele está manejando as coisas sagradas, embora esconda sua torpeza de coração sob uma capa ministerial. Tende receio de qualquer coisa semelhante a esta familiaridade. Estais seguras de que o menor avizinhamento disto é evidência de uma mente lasciva e de um olhar sensual. Caso se dê o mínimo incentivo neste sentido, se forem toleradas quaisquer das liberdades mencionadas, não pode ser dada nenhuma evidência melhor de que vossa mente não é pura e casta como deveria ser, e de que o pecado e o delito possuem para vós encanto. Rebaixais a norma de vossa digna e virtuosa feminilidade e dais inconfundível evidência de que deixastes permanecer em vosso coração uma paixão baixa, selvagem, vulgar e licenciosa, que jamais foi crucificada. CSa 612 2 Quando me são mostrados os perigos daqueles que professam coisas melhores, e os pecados que existem entre eles -- uma classe que não é suspeita de estar em qualquer perigo desses pecados poluidores -- tenho sido levada a perguntar: Quem, ó Senhor, subsistirá quando apareceres? Apenas os limpos de mãos e puros de coração permanecerão no dia da Sua vinda. Modéstia e discrição CSa 613 1 Sinto-me impelida pelo Espírito do Senhor a apelar a minhas irmãs que professam piedade a seguirem a modéstia de comportamento e uma discrição apropriada, com temor e sobriedade. As liberdades tomadas nesta era de corrupção não devem servir de norma para os seguidores de Cristo. Estas exibições comuns de familiaridade não devem existir entre cristãos que se estão preparando para a imortalidade. Se a lascívia, a impureza, o adultério, o crime e o assassínio constituem a ordem do dia entre os que não conhecem a verdade e que recusam ser regidos pelos princípios da Palavra de Deus, quão importante é que a classe dos que professam ser seguidores de Cristo, intimamente ligados a Deus e aos anjos, indique-lhes um caminho melhor e mais nobre! Quão importante que por sua pureza e virtude permaneçam eles em acentuado contraste com aquela classe que é controlada pelas paixões animalescas! CSa 613 2 Tenho perguntado: Quando as irmãs jovens agirão com correção? Sei que não haverá nenhuma mudança decisiva para melhor enquanto os pais não perceberem a importância de exercer o maior cuidado em educar seus filhos corretamente. Ensinai-os a agir com discrição e modéstia. Educai-os para serem úteis, prestativos, para ministrarem aos outros, de preferência a serem servidos e ministrados. CSa 613 3 Satanás controla a mente dos jovens em geral. Não ensinais vossas filhas a exercerem renúncia e domínio próprio. Elas são amimadas e seu orgulho acariciado. Permite-se-lhes seguir o seu próprio caminho até que se tornam obstinadas e rebeldes, e ficais sem saber o que fazer para salvá-las da ruína. Satanás as está levando a se tornarem um provérbio na boca dos descrentes, por causa de sua audácia, sua falta de discrição e modéstia femininas. Semelhantemente, permite-se aos meninos seguirem seu próprio caminho. Mal atingem a adolescência, já são vistos ao lado de garotas da mesma idade, acompanhando-as até a casa e namorando-as. E os pais estão de tal maneira escravizados em virtude de sua própria condescendência e o amor errôneo a seus filhos, que não ousam seguir uma conduta decisiva para fazer uma mudança e refrear seus filhos tão extravagantes nesta era dissoluta. CSa 614 1 Para muitas moças, os rapazes são o assunto da conversação; para os rapazes são as jovens. "Do que há em abundância no coração, disso fala a boca." Mateus 12:34. Eles falam dos assuntos em torno dos quais mais gira sua mente. O anjo relator está escrevendo as palavras desses rapazes e moças professos cristãos. Como se sentirão confusos e envergonhados quando as encontrarem novamente no dia de Deus! Muitos filhos são hipócritas piedosos. Os jovens que não professam religião nenhuma tropeçam nesses hipócritas, e se endurecem contra qualquer esforço que possa ser feito por aqueles que se interessam em sua salvação. A única salvaguarda CSa 614 2 Quanto maior for a responsabilidade de uma posição, tanto mais importante é que a influência nela exercida seja boa. Cada homem que Deus tiver escolhido para Sua obra, torna-se alvo de Satanás. Fortes e grandes tentações o assaltam, porque nosso sagaz inimigo sabe que sua conduta terá uma influência educadora sobre outros. Estamos em meio dos perigos dos últimos dias, e Satanás desceu com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo. Por isso opera com todo o engano da injustiça; todo o Céu está, porém, à disposição daquele que põe em Deus a sua confiança. A nossa única segurança está em nos apegarmos a Jesus, não consentindo que coisa alguma nos separe de nosso poderoso Ajudador. -- Testemunhos Selectos 2:138, 139. Servos do pecado CSa 615 1 Foi-me mostrado que vivemos em meio dos perigos dos últimos dias. Por abundar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. A palavra "muitos" refere-se aos professos seguidores de Cristo. Eles são afetados pela iniqüidade dominante, e se afastam de Deus; não é, porém, necessário que eles assim sejam afetados. A causa desse declínio é eles não se manterem limpos da iniqüidade. O fato de seu amor para com Deus estar esfriando por abundar a iniqüidade, mostra que eles são em certo sentido participantes dessa iniqüidade, do contrário ela não lhes afetaria o amor para com Deus, e seu zelo e fervor em Sua causa. CSa 615 2 Foi-me apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniqüidade alastra-se por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial deste século. Jamais ergueu o vício a cabeça disforme com tal ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os amantes da virtude e da verdadeira piedade acham-se quase desanimados por sua ousadia, força e predominância. A abundante iniqüidade não se limita apenas aos incrédulos e zombadores. Quem dera que assim fosse! mas não é. Muitos homens e mulheres que professam a religião de Cristo são culpados. Mesmo alguns que professam estar esperando Seu aparecimento não estão mais preparados para esse acontecimento do que o próprio Satanás. Não se estão purificando de toda impureza. Têm por tanto tempo servido a sua concupiscência, que lhes é natural pensar impuramente e ter corruptas imaginações. É tão impossível fazer com que sua mente se demore nas coisas puras e santas, como seria desviar o curso do Niágara, e fazer com que suas águas jorrassem para cima.* A juventude apanhada numa armadilha CSa 616 1 Jovens e crianças de ambos os sexos se entregam à poluição moral, e praticam este repulsivo vício, destruidor da alma e do corpo. Muitos professos cristão acham-se tão embotados pela mesma prática, que suas sensibilidades morais não podem ser despertadas para compreender que isto é pecado, e que se nisto continuam, os seguros resultados serão completa ruína do corpo e da mente. O homem, o ser mais nobre da Terra, formado à imagem de Deus, transforma-se em animal! Faz-se grosseiro e corrupto. Todo cristão terá de aprender a refrear as paixões, e a ser regido por princípios. A menos que assim faça, é indigno do nome de cristão. CSa 616 2 Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado da masturbação e seus seguros resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado que lhes enerva o organismo e destrói a energia nervosa do cérebro. Os princípios morais são demasiado fracos quando em luta com um hábito arraigado. Solenes mensagens vindas do Céu não podem impressionar fortemente o coração não fortalecido contra a condescendência com esse degradante vício. Os sensitivos nervos do cérebro perderam o saudável tono devido à excitação mórbida para satisfazer um desejo não natural de satisfação sensual. Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo, são os únicos meios pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem, e influenciar sua vida mais íntima. Seja o que for que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades da mente. Em atenção a isto, como é importante que pastores e povo que professam piedade se apresentem limpos e imaculados quanto a este vício degradante da alma! CSa 617 1 Minha alma se tem curvado em angústia, ao ser mostrada a débil condição do professo povo de Deus. A iniqüidade é abundante e o amor de muitos esfria. Não há senão poucos professos cristãos que consideram este assunto em seu devido aspecto, e que mantêm sobre si mesmos o justo governo quando a opinião pública e o costume não os condena. Quão poucos refreiam suas paixões por se sentirem sob obrigação moral de fazê-lo, e porque o temor de Deus está diante de seus olhos! As faculdades mais elevadas do homem são escravizadas pelo apetite e por paixões corruptas. CSa 617 2 Alguns reconhecerão o mal das condescendências pecaminosas, todavia se desculparão dizendo que não lhes é possível vencer as paixões. Isto é coisa terrível de ser admitida por qualquer pessoa que profere o nome de Cristo. "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade." 2 Timóteo 2:19. Por que esta fraqueza? É porque as propensões animais têm sido fortalecidas pelo exercício, até que tomaram ascendências sobre as faculdades superiores. Homens e mulheres carecem de princípios. Estão morrendo espiritualmente, por haverem tão longamente nutrido seus apetites naturais, que sua capacidade de governar-se a si mesmos parece haver desaparecido. As paixões inferiores de sua natureza têm tomado as rédeas, e o que devia ser o poder diligente tem-se tornado o servo da paixão corrupta. A alma é mantida na mais baixa servidão. A sensualidade tem extinguido o desejo de santidade, e ressecado o viço espiritual. Frutos da indolência CSa 617 3 Minha alma lamenta pelos jovens que estão formando o caráter neste século degenerado. Tremo também por seus pais; pois foi-me mostrado que, em geral, eles não compreendem suas obrigações de educar os filhos no caminho que devem trilhar. Consultam-se os costumes e a moda, e os filhos em breve aprendem a ser controlados por estes, e são corrompidos; enquanto os indulgentes pais se acham por sua vez entorpecidos, e dormindo quanto ao seu perigo. Mas bem poucos dos jovens se acham livres de hábitos corruptos. São em grande parte desculpados de exercícios físicos por temor de que tenham excesso de trabalho. Os próprios pais tomam responsabilidades que deviam estar sobre os filhos. O excesso de trabalho é mau; mas os resultados da indolência são mais de temer. A ociosidade leva à condescendência com os hábitos corruptos. A laboriosidade não fatiga e exaure a quinta parte do que o faz o pernicioso hábito da masturbação. Se o trabalho simples, bem regulado exaure vossos filhos, estai certos, pais, há qualquer coisa, além de seu trabalho, que lhes está enervando o organismo, e produzindo sensação de constante fadiga. Dai trabalho físico a vossos filhos, o qual chamará à atividade os nervos e os músculos. A fadiga que acompanha esse labor lhes diminuirá a inclinação para condescender com os hábitos viciosos. A ociosidade é uma maldição. Produz hábitos licenciosos. CSa 618 1 Muitos casos me têm sido apresentados e, ao ter eu uma visão de sua vida interior, minha alma ficou acabrunhada e desgostosa, e com repugnância do apodrecimento do coração dos seres humanos que professam piedade e falam de trasladação para o Céu. Tenho-me perguntado freqüentemente: Em quem posso confiar? Quem está isento de iniqüidade? Um exemplo de degradação CSa 618 2 Meu marido e eu assistimos uma vez a uma reunião em que nossas simpatias foram solicitadas para um irmão que sofria grandemente com a tuberculose. Achava-se pálido e emaciado. Ele pedia as orações do povo de Deus. Disse que a família estava doente, e que perdera um filho. Falava com sentimento acerca dessa perda. Disse que havia tempos esperava poder ver o irmão e a irmã White. Acreditava que, se orassem com ele, seria curado. Terminada a reunião, os irmãos chamaram-nos a atenção para o caso. Disseram que a igreja os estava ajudando, que a esposa estava doente, e lhe morrera o filho. Os irmãos se haviam reunido em sua casa, e orado pela família enferma. Nós estávamos muito fatigados, e tínhamos sobre nós a preocupação do trabalho durante a reunião, e desejávamos ser escusados. CSa 619 1 Eu havia resolvido não me empenhar em oração por ninguém, a menos que o Espírito do Senhor assim indicasse. Havia-me sido mostrado que havia tanta iniqüidade, mesmo entre os professos observadores do sábado, que não desejava tomar parte em oração por pessoas cuja história me era desconhecida. Declarei minha razão. Foi-me assegurado pelos irmãos que, tanto quanto eles sabiam, ele era um digno irmão. Conversei alguns momentos com a pessoa que solicitara nossas orações a fim de obter a cura, mas não me pude sentir livre. Ele chorou e disse que esperara que chegássemos, e estava certo de que, se orássemos por ele, seria restaurado à saúde. Dissemos-lhe que não estávamos familiarizados com sua vida; que preferíamos que aqueles que o conheciam orassem com ele. Ele nos importunou tão encarecidamente, que decidimos considerar seu caso, e apresentá-lo perante o Senhor aquela noite; e se o caminho nos parecesse aberto, havíamos de satisfazer-lhe o pedido. Curvamo-nos naquela noite em oração, e apresentamos seu caso perante o Senhor. Rogamos que pudéssemos conhecer a vontade de Deus a seu respeito. Todo o nosso desejo era que CSa 620 2 Deus fosse glorificado. Queria o Senhor que orássemos por esse enfermo? Deixamos o caso com o Senhor, e recolhemo-nos para descansar. Num sonho o caso daquele homem me foi claramente apresentado. Foi mostrado o seu procedimento desde a infância, e que, se orássemos, o Senhor não nos ouviria; pois ele atendia à iniqüidade em seu coração. Na manhã seguinte o homem veio para que orássemos por ele. Tomamo-lo à parte, e dissemos-lhe que sentíamos ser forçados a recusar o seu pedido. Contei-lhe meu sonho, que ele reconheceu ser a verdade. Ele praticava masturbação desde a infância, e continuara nessa prática através de sua vida de casado, mas disse que procuraria romper com ela. CSa 620 1 Esse homem tinha um hábito longamente arraigado para vencer. Estava na metade da existência. Seus princípios morais estavam tão fracos que, quando postos em conflito com a condescendência há tanto arraigada, eram vencidos. As paixões inferiores haviam adquirido ascendência sobre a natureza superior. Interroguei-o quanto à reforma da saúde. Disse que não podia vivê-la. Sua esposa jogaria fora a farinha integral, caso ela fosse introduzida em casa. Esta família havia sido ajudada pela igreja. Haviam-se feito orações em seu favor também. Seu filho morrera, a esposa estava doente, e o marido e pai deixava seu caso sobre nós, para o levarmos perante o puro e santo Deus, para que Ele operasse um milagre, e o restabelecesse. As sensibilidades morais desse homem estavam embotadas. CSa 620 2 Quando os jovens adotam práticas vis enquanto o espírito é tenro, eles nunca obterão força para desenvolver plena e corretamente personalidade física, intelectual e moral. Ali estava um homem que se degradava diariamente, e todavia ousava arriscar-se a entrar na presença de Deus, e pedir um acréscimo da força que ele vilmente dissipara e que, se concedida, consumiria em sua concupiscência. Que paciência a de Deus! Se Ele lidasse com o homem segundo seus caminhos corruptos, quem poderia viver à Sua vista? Que seria se houvéssemos sido menos cautelosos e levado diante de Deus o caso desse homem, enquanto ele praticava iniqüidade, teria o Senhor ouvido? Haveria atendido? "Porque Tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à Tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade." "Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá." Salmos 5:4, 5; 66:18. CSa 621 1 Este não é um caso isolado. Mesmo as relações matrimoniais não foram suficientes para preservar este homem dos hábitos corruptos de sua adolescência. Quisera poder convencer-me de que casos como o que apresento são raros; sei, porém, que são freqüentes. Os filhos nascidos de pais dominados por paixões corruptas, são sem valor. Que pode ser esperado de filhos tais, senão que desçam mais baixo na balança, que seus pais? Que se pode esperar desta geração? Milhares são vazios de princípios. Esses mesmos transmitem a sua descendência as próprias paixões miseráveis, corruptas. Que herança! Milhares arrastam a existência destituída de princípios, manchando seus associados e perpetuando suas baixas paixões com o transmiti-las aos filhos. Tomam a responsabilidade de neles gravar seu próprio caráter. O princípio moral a única salvaguarda CSa 621 2 Volto mais uma vez aos cristãos. Se todos quantos professam obedecer à lei de Deus estivessem isentos de iniqüidade, minha alma sentir-se-ia aliviada; não o estão, porém. Mesmo alguns que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as adormecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente observados, tornam-se a única salvaguarda da alma. Se já houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser considerada sem levar em conta a saúde física, intelectual ou moral. CSa 622 1 A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. Por que não lêem os homens e mulheres, tornando-se mais versados nessas coisas que tão decididamente afetam sua resistência física, intelectual e moral? Deu-vos Deus uma habitação para que dela cuideis, e a conserveis nas melhores condições para seu serviço e Sua glória. Vosso corpo não vos pertence. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." 1 Coríntios 3:16, 17. Cegados pelo pecado CSa 623 1 Satanás se regozija ao ver pecadores entrarem na igreja como professos guardadores do sábado, enquanto lhe permitem governar-lhes sua mente e afeições, usando-as para enganar e corromper os outros. CSa 623 2 Nesta época degenerada serão encontrados muitos que estão de tal forma cegados para a malignidade do pecado que escolhem uma vida licenciosa, pois esta agrada a inclinação natural e perversa do coração. Em lugar de se contemplarem ao espelho -- a lei de Deus -- e porem o coração e caráter de acordo com a norma divina, permitem que instrumentos de Satanás lhes estabeleçam no coração sua norma. Homens corruptos consideram mais fácil falsear as Escrituras para apoiá-los em sua iniqüidade, do que abrir mão de sua corrupção e pecado e serem puros de coração e vida. CSa 623 3 Há mais homens dessa espécie do que muitos têm imaginado, e eles se multiplicarão à medida que nos aproximarmos do fim do tempo. A menos que se tornem arraigados e alicerçados na verdade da Bíblia e tenham uma viva relação com Deus, muitos se tornarão apaixonados e enganados. Os perigos ocultos bloqueiam nosso caminho. Nossa única segurança está na constante vigilância e oração. Quanto mais aproximados andarmos de Jesus, tanto mais nos tornaremos participantes do Seu caráter puro e santo; e quanto mais ofensivo se nos parecer o pecado, tanto mais exaltados e desejáveis parecerão a pureza e o brilho de Cristo. ... CSa 623 4 Há sempre um enfeitiçante poder nas heresias e na licenciosidade. A mente é tão iludida que não pode arrazoar inteligentemente, e uma ilusão a está continuamente desviando da pureza. A visão espiritual torna-se manchada; e pessoas de moral até aí impoluta, tornam-se confusas debaixo dos enganadores sofismas daqueles agentes de Satanás, que professam* ser mensageiros da luz. É esse engano que dá poder a tais agentes. Se se apresentassem ousadamente, fazendo em aberto os seus avanços, seriam repelidos sem hesitação alguma; mas operam primeiro no sentido de captar a simpatia e conseguir a confiança neles, como sendo homens santos, que se sacrificam pela causa de Deus. Como Seus mensageiros especiais, começam então sua artificiosa obra de afastar almas da vereda da retidão, tentando anular a lei de Deus. CSa 624 1 Quando pastores desta forma se prevalecem da confiança que o povo neles deposita, e levam almas à ruína, fazem-se tanto mais culpados do que o pecador comum, quanto mais alta é sua profissão. No dia de Deus, quando se abrir o grande livro do Céu, ver-se-á que contém nomes de muitos pastores que fizeram profissão de pureza de coração e vida, alegando ter-lhes sido confiado o evangelho de Cristo, mas que se aproveitaram de sua posição para induzir almas a transgredirem a lei de Deus. ... CSa 624 2 Se a sociedade de um homem de mente impura e hábitos licenciosos é escolhida de preferência à dos puros e virtuosos, é isso indício certo de que se harmonizam os gostos e inclinações, e de que se chegou a um baixo nível moral. Esse baixo nível é por essas almas iludidas e apaixonadas, tido como alta e santa afinidade de espírito -- uma harmonia espiritual. Mas o apóstolo denomina-a "maldade, nos lugares celestiais" (Efésios 6:12), contra a qual devemos empreender vigorosa guerra. CSa 624 3 Quando o enganador começa sua obra de engano, encontra freqüentemente diferença de gostos e hábitos; mas mediante grandes pretensões a piedade, ele capta a confiança, e isto feito, exerce a seu modo o astucioso poder de enganar, a fim de levar a termo seus estratagemas. Associando-se com esse elemento perigoso, as mulheres se habituam a respirar a atmosfera da impureza, e quase insensivelmente se saturam do mesmo espírito. Perdem sua identidade; tornam-se mera sombra de seu sedutor. Reformadores hipócritas CSa 625 1 Homens que professam ter nova luz, pretendendo ser reformadores, terão grande influência sobre certa classe de pessoas convencidas das heresias que existem no século presente, e que não estão satisfeitas com a condição espiritual das igrejas. Com coração verdadeiro e sincero, desejam estas ver uma mudança para melhor, no sentido de alcançar-se uma norma mais alta. Se os fiéis servos de Cristo apresentassem a essa classe a verdade pura e inadulterada, aceitá-la-iam e se purificariam pela obediência a ela. Mas Satanás, sempre vigilante, persegue os rastos dessas almas indagadoras. Vem ter com elas alguém, fazendo alta profissão de reformador, do mesmo modo que Satanás foi ter com Cristo, disfarçado em anjo de luz, e os atrai ainda para mais longe da vereda da justiça. CSa 625 2 A infelicidade e degradação que seguem a esteira da licenciosidade, não podem ser avaliadas. O mundo está contaminado por seus habitantes. Quase que encheram a medida de sua iniqüidade; mas o que trará a mais pesada retribuição, é a prática da iniqüidade sob o manto da piedade. O Redentor do mundo nunca repele o arrependimento verdadeiro, por grande que seja a culpa; mas Ele verbera ardentes acusações contra os fariseus e os hipócritas. Há mais esperança para o pecador aberto, do que para essa classe. ... CSa 625 3 Como embaixadora de Cristo eu vos rogo, a vós que professais a verdade presente, que vos ressintais de pronto de qualquer aproximação da impureza, e abandoneis a companhia dos que respiram sugestões impuras. Odiai com mais intenso ódio esses pecados corruptores. Fugi dos que, mesmo em conversa, querem fazer a mente seguir semelhante rumo; "pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca". Mateus 12:34. CSa 626 1 Como no mundo aumentam constantemente os que praticam esses pecados degradantes, e querem introduzir-se em nossas igrejas, eu vos advirto a que não lhes deis lugar. Afastai-vos do sedutor. Embora professo seguidor de Cristo, ele é Satanás em forma de homem; tomou emprestadas as vestes do Céu, para melhor poder servir a seu senhor. Não deveis nem por um momento dar guarida a uma sugestão impura, dissimulada; pois até isso manchará a alma, como a água impura mancha o canal pela qual passa. CSa 626 2 Preferi a pobreza, a ignomínia, a separação dos amigos ou qualquer outro sofrimento, a manchardes vossa vida com o pecado. Antes a morte que a desonra ou a transgressão da lei de Deus -- este deve ser o moto de cada cristão. Como um povo que professa ser reformador, de posse das mais solenes e purificadoras verdades da Palavra de Deus, devemos elevar a norma, muito mais do que está acontecendo agora. Deve-se tratar prontamente com o pecado e os pecadores na igreja, para que outros não sejam contaminados. A verdade e a pureza exigem que façamos uma obra completa para purificar o acampamento de Acãs. Que os que ocupam posições de responsabilidade não sofram pecado num irmão. Mostrai-lhe que ele, ou tira o seu pecado, ou é separado da igreja. Piedade e saúde CSa 627 1 Diz o sábio que os caminhos da sabedoria "são caminhos de delícia, e todas as suas veredas paz". Provérbios 3:17. Muitos abrigam a impressão de que o devotamento a Deus seja lesivo à saúde e à radiante felicidade nas relações sociais da vida. Aqueles, porém, que andam no caminho da sabedoria e da santidade descobrem que "a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir". 1 Timóteo 4:8. Estão vivos para a satisfação dos prazeres reais da vida, enquanto não se afligem com o remorso vão por causa do mau emprego das horas, nem com a depressão e horror mental, como ocorre muitas vezes com o mundano quando não é desviado por algum prazer excitante. ... CSa 627 2 A piedade não conflita com as leis da saúde, mas está em harmonia com elas. Tivessem os homens sido sempre obedientes à lei dos Dez Mandamentos, tivessem posto em prática na vida os princípios desses dez preceitos, não existiria a maldição das doenças que inundam agora o mundo. Podem os homens ensinar que os divertimentos frívolos são necessários para conservar a mente longe do alcance do desânimo. Pode a mente, de fato, ser desviada dessa forma no momento; ao passar, porém, a excitação, vem a reflexão calma. A consciência desperta e faz ouvir a sua voz, dizendo: "Não é esta a maneira de se obter saúde ou verdadeira felicidade." CSa 627 3 Muitos divertimentos há que excitam a mente, mas é certo que a depressão virá a seguir. Outros meios de recreação são inocentes e saudáveis; o trabalho útil, porém, que proporciona exercício físico, exercerá muitas vezes influência mais benéfica sobre a mente, ao mesmo tempo que fortalece os músculos, melhora a circulação e prova-se um poderoso instrumento na recuperação da saúde.* CSa 628 1 "Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem? Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem enganosamente. Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a. Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos ao seu clamor. A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da Terra a memória deles. Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias." Salmos 34:12-17. Fazer o que é reto, o melhor remédio CSa 628 2 A consciência de fazer o que é reto é o melhor remédio para o corpo e a alma enfermos. A bênção especial de Deus que repousa sobre o recebedor é a saúde e o vigor. Aquele cuja mente está calma e satisfeita em Deus encontra-se no caminho certo para a saúde. Ter a consciência de que os olhos do Senhor estão sobre nós, e de que os Seus ouvidos estão atentos às nossas orações, é realmente uma satisfação. Saber que temos um amigo que jamais falha a quem podemos confiar todos os segredos da alma, é uma felicidade que as palavras jamais podem expressar. Aqueles cujas faculdades morais estão anuviadas pela doença não são os que representam corretamente a vida cristã ou as belezas da santidade. Eles estão muitas vezes no fogo do fanatismo, na água da fria indiferença ou na escuridão da apatia. CSa 628 3 Aqueles que não consideram ser dever religioso educar a mente a demorar-se em assuntos cativantes, de ordinário serão encontrados em um dos dois extremos: estarão jubilosos em virtude de um círculo de prazeres excitantes, condescendendo com conversação frívola, rindo e gracejando, ou estarão deprimidos, tendo grandes aflições e conflitos mentais, que eles acham que poucos já experimentaram ou podem entender. Essas pessoas podem professar o cristianismo, mas enganam sua própria alma. ... Ociosidade e desânimo CSa 629 1 As sensações de desânimo são em geral o resultado de muito ócio. As mãos e a mente devem ocupar-se com trabalho útil, que suavizem os fardos dos outros; e os que assim estão empenhados se beneficiarão a si mesmos também. A ociosidade dá tempo para se ruminarem tristezas imaginárias; e freqüentemente os que não possuem provas e sofrimentos reais, tomam-nas emprestados do futuro. CSa 629 2 Há muitos enganos levados avante sob a capa da religião. A paixão controla a mente de muitos que se tornaram depravados no pensamento e no sentimento em conseqüência da "soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade". Ezequiel 16:49. Estas enganadas almas se jactam de ser dispostas espiritualmente e excepcionalmente consagradas, quando sua experiência religiosa consiste em um sentimentalismo doentio em lugar de pureza, verdadeira bondade e humilhação do eu. A mente deve ser desviada do eu; suas energias devem ser empregadas em planejar meios para tornar outros mais felizes e melhores. "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." Tiago 1:27. A verdadeira religião enobrece a mente CSa 629 3 A verdadeira religião enobrece a mente, refina o gosto, santifica o juízo, e torna participante da pureza e santidade do Céu o seu possuidor. Traz para perto de nós os anjos e nos separa mais e mais do espírito e influência do mundo. Faz parte de todos os atos e relações da vida e nos dá o "espírito de moderação", e o resultado é a felicidade e a paz. CSa 630 1 Disse o apóstolo Paulo a seus irmãos filipenses: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Adotai isto como regra de vida. "Não estejais inquietos por coisa alguma: antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus. E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus." Filipenses 4:8, 6, 7.* Um passo avançado CSa 630 2 A obra de educar em assuntos médico-missionários é um passo avançado de grande importância no despertamento do homem para suas responsabilidades morais. Tivessem os pastores lançado mãos desta obra em seus vários departamentos de acordo com a luz dada por Deus, teria havido uma muito decisiva reforma no comer, beber e vestir. Alguns, porém, permaneceram diretamente no caminho do avanço da reforma de saúde. Eles têm mantido as pessoas afastadas por sua indiferença ou observações condenatórias, ou por brincadeiras e gracejos. Eles próprios, e grande número de outros, têm sofrido quase até a morte, mas nenhum aprendeu a sabedoria. -- Testimonies for the Church 6:377 (1900). Religião e contentamento CSa 631 1 Satanás encontrou seu caminho para o Éden e fez Eva crer que necessitava de alguma coisa mais do que daquilo que Deus dera para sua felicidade; que o fruto proibido teria uma influência estimuladora sobre seu corpo e mente e a exaltaria até ser igual a Deus em conhecimento. Contudo, o conhecimento e o benefício que ela pensava conseguir, demonstrou-se-lhe uma terrível maldição. CSa 631 2 Há pessoas de imaginação doentia, para quem a religião é um tirano, governando-as como com vara de ferro. Essas pessoas estão continuamente lamentando sua depravação, e gemendo por um suposto mal. Não há amor em seu coração; têm sempre um semblante carregado. Ficam frias ao inocente riso da juventude ou de quem quer que seja. Consideram toda recreação ou diversão um pecado, e pensam que a mente deve estar constantemente trabalhando no mesmo grau de severa tensão. Isto é um extremo. Outras acham que a mente deve estar de contínuo em tensão para inventar entretenimentos e diversões a fim de obter saúde. Aprendem a depender da excitação, e ficam desassossegadas quando sem isso. Tais pessoas não são verdadeiros cristãos. Vão ao outro extremo. Os verdadeiros princípios do cristianismo abrem a todos uma fonte de felicidade, cuja altura e profundidade, comprimento e largura são incomensuráveis. É Cristo em nós, uma fonte de água que salta para a vida eterna. Fonte contínua da qual o cristão pode beber à vontade, sem nunca a exaurir. Tomando emprestado preocupações prejudiciais CSa 631 3 O que traz a doença ao corpo e à mente a quase todos são os sentimentos de descontentamento, e as murmurações de quem* está mal satisfeito. Não têm a Deus, não têm aquela esperança que penetra para além do véu, que é como a âncora da alma segura e firme. Todos os que possuem essa esperança hão de purificar-se a si mesmos assim como Ele é puro. Estes se acham livres de desassossegados anseios, murmurações e descontentamentos; não estão continuamente esperando o mal e aninhando emprestadas aflições. Vemos, porém, muitos que estão passando antecipadamente por um tempo de angústia; a ansiedade estampa-se em cada feição; parecem não encontrar consolo, e apresentam um aspecto de contínuo temor na expectativa de algum terrível mal. CSa 632 1 Essas pessoas desonram a Deus, e desacreditam a religião de Cristo. Não possuem verdadeiro amor para com Deus, nem por seus companheiros e filhos. Suas afeições tornam-se mórbidas. Vãos divertimentos, porém, jamais hão de corrigir a mente dos que são assim. Para serem felizes, eles necessitam a influência transformadora do Espírito de Deus. Precisam ser beneficiados pela meditação a respeito de Cristo, a fim de tornar a consolação mais real, divina e substancial. "Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males." 1 Pedro 3:10-12. Os que têm um conhecimento experimental desse texto são verdadeiramente felizes. Consideram eles a aprovação do Céu de mais valor do que qualquer divertimento terreno; Cristo neles a esperança da glória será saúde para o corpo e vigor para a alma. A necessidade de consagração CSa 633 1 Pastores e médicos, em vosso trabalho estais levando pesadas responsabilidades. Não permitais que vossos pensamentos se tornem vulgares, triviais ou egoístas, por falta da graça de Cristo. Nosso preparo para o lar de cima deve ser alcançado nesta vida. A graça de Cristo deve estar ligada a cada aspecto do caráter. CSa 633 2 Devo dizer a todos os que pretendem estar convertidos: Está vosso coração verdadeiramente transformado, e estais vigiando em oração, mantendo uma refletida, coerente conduta, para que possais ter não uma aparência de religião, mas a religião preciosa e genuína? Pastores e médicos, quando aceitastes a Cristo experimentastes um profundo senso de necessidade espiritual? Quanto significa para vós que deveis ser ministros da justiça, aceitar o dom celestial da luz, do amor, da paz e da alegria no Espírito Santo?! Deveis estar imbuídos de tal amor a Cristo que consagreis a Ele todas as vossas afeições, rendendo vossa vida Àquele que deu a Sua vida por vós. Impregnados do amor de Cristo, deveis constranger-vos a realizar atos de serviço abnegado até que esses atos se tornem parte de vossa vida prática. O crescimento diário na vida de Cristo cria na alma um céu de paz; em semelhante vida há contínua produção de fruto. CSa 633 3 Irmãos e irmãs, necessitamos da reforma que devem possuir todos os que são redimidos, através da purificação da mente e coração de toda mancha do pecado. Na vida daqueles que são resgatados pelo sangue de Cristo, a abnegação se revelará constantemente. Ver-se-ão a bondade e a justiça. A paz, a experiência interior tornarão a vida cheia de piedade, fé, mansidão, paciência. Esta deve ser nossa experiência diária.* Devemos formar um caráter isento de pecados -- caráter tornado justo na graça de Cristo e por ela. ... Nosso coração deve ser purificado de toda a impureza, no sangue vertido para tirar o pecado. CSa 634 1 Quando os pastores adornarem a doutrina de Cristo nosso Salvador, e os médicos revelarem em palavras e obras, e por sua influência, a graça sanadora de Cristo; quando o Salvador for revelado como Aquele que é totalmente desejável, uma grande obra será feita em favor de outras almas. Deus deseja que haja verdade no interior do santuário da alma; para que o ser inteiro seja uma representação da vida de Cristo. ... CSa 634 2 Rogo, meus irmãos e irmãs que sois pastores ou médicos, que manifesteis em vossa vida os preciosos princípios da verdade, para que outros possam conhecer que estivestes com Jesus e aprendestes dAquele que é puro, santo e incontaminado, irrepreensível no meio de uma geração pecadora e corrupta. Então muitos virão ao Senhor através dos zelosos esforços feitos em Seu favor por aqueles que conhecem a verdade. Abstinência completa CSa 634 3 Quando a temperança for apresentada como parte do evangelho, muitos notarão sua necessidade de reforma. Perceberão o mal das bebidas intoxicantes, e que a completa abstinência é a única plataforma sobre a qual o povo de Deus pode conscienciosamente permanecer. Quando for dada esta instrução, o povo se interessará em outros pontos do estudo da Bíblia. -- Testimonies for the Church 7:75 (1902). ------------------------No Deserto da Tentação DT 5 1 Prefácio DT 11 1 Capítulo 1 -- Confronto no deserto DT 12 1 Capítulo 2 -- Adão, Eva e seu lar edênico DT 14 3 Capítulo 3 -- O teste da provação DT 18 4 Capítulo 4 -- Paraíso perdido DT 20 2 Capítulo 5 -- Plano de redenção DT 26 1 Capítulo 6 -- Ofertas de sacrifícios DT 29 2 Capítulo 7 -- Apetite e Paixão DT 32 3 Capítulo 8 -- Uma ameaça ao reino de Satanás DT 38 2 Capítulo 9 -- A tentação DT 39 2 Capítulo 10 -- Cristo como Segundo Adão DT 41 3 Capítulo 11 -- Os Efeitos Terríveis do Pecado Sobre o Homem DT 43 3 Capítulo 12 -- A Primeira Tentação de Cristo DT 45 1 Capítulo 13 -- Significado da Prova DT 48 2 Capítulo 14 -- Cristo não Operou Milagres para Si Mesmo DT 50 1 Capítulo 15 -- Não Discutia com a Tentação DT 54 3 Capítulo 16 -- Vitória por meio de Cristo DT 57 1 Capítulo 17 -- A Segunda Tentação DT 58 1 Capítulo 18 -- O Pecado da Presunção DT 60 2 Capítulo 19 -- Cristo Nossa Esperança e Exemplo DT 62 1 Capítulo 20 -- A Terceira Tentação DT 66 1 Capítulo 21 -- Término da Tentação de Cristo DT 68 2 Capítulo 22 -- Temperança Cristã DT 77 3 Capítulo 23 -- Condescendência Própria Disfarçada de Religião DT 88 3 Capítulo 24 -- Mais do que Uma Queda DT 91 2 Capítulo 25 -- Saúde e Felicidade DT 97 1 Capítulo 26 -- Fogo Estranho DT 102 1 Capítulo 27 -- Imprudência Presunçosa e Fé Inteligente DT 104 1 Capítulo 28 -- Espiritismo DT 112 2 Capítulo 29 -- Desenvolvimento do Caráter ------------------------Prefácio DT 5 1 Em diferentes épocas Ellen G. White escreveu sobre a tentação e a queda do homem, o plano da redenção e a vitória de Cristo no deserto da tentação. Em 1874 e 1875, numa série de 13 artigos publicados na Review and Herald, ela tratou destes tópicos com profundidade. Nestes artigos ela devotou mais atenção às lições tiradas da experiência do homem e de Jesus Cristo ao defrontar-Se com a tentação, do que a uma seqüência histórica dos eventos. A série termina com aplicações práticas para situações atuais. DT 5 2 Estes artigos, com alguns parágrafos acrescentados pela autora, foram posteriormente republicados num panfleto de 96 páginas, e tornou-se o segundo de oito panfletos que formaram a série Redenção, publicada em 1878. Os outros sete do material apresentado foram publicados simultaneamente no Spirit of Prophecy, volumes dois e três, posteriormente substituídos pela obra-prima de Ellen White, O Desejado de Todas as Nações. DT 6 1 No número dois da série Redenção, escrito bastante tempo depois dos outros, Ellen G. White apresenta uma exposição bem completa da tentação, sendo uma contribuição singular de material correntemente à disposição. DT 6 2 Nas primeiras edições alguns artigos continham subdivisões e outros não. Um plano uniforme é seguido nesta reedição. Letras maiúsculas e ortografia foram usadas para uma atualização corrente, e alguns parágrafos muito longos foram divididos para tornar a leitura mais agradável. O texto é acuradamente reproduzido. DT 6 3 Nesta atraente reedição o leitor encontrará encorajamento e lições práticas apropriadas para este tempo. Depositários dos Bens de Ellen G. White DT 6 4 "No deserto da tentação, Satanás apareceu a Cristo como um anjo vindo das cortes de Deus. Não foi por sua aparência mas por suas palavras que Cristo o reconheceu como inimigo." -- The Review and Herald, 22 de Julho de 1909. ------------------------Capítulo 1 -- Confronto no deserto DT 11 1 Após o batismo de Jesus no Jordão, Ele foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Quando saiu da água, inclinou-Se nas barrancas do Jordão e suplicou ao grande Eterno, forças para suportar o conflito com o adversário caído. A abertura dos Céus e a descida da excelente glória atestava Seu caráter divino. A voz do Pai declarava o relacionamento achegado de Cristo com Sua infinita Majestade: "Este é o Meu Filho amado em quem Me comprazo."1 A missão de Cristo começaria logo. Mas Ele deveria primeiro retirar-Se das cenas movimentadas da vida para um solitário deserto, a fim de expressar o propósito de suportar o tríplice teste da tentação em favor daqueles a quem veio redimir. DT 11 2 Satanás, que tinha sido um honrado anjo no Céu, ambicionava honras mais exaltadas do que as que Deus dera a Seu Filho. Ele se tornou ciumento de Cristo, e afirmou aos anjos, que o honraram como querubim cobridor, que não lhe era conferida a honra que sua posição demandava. Asseverava que deveria ser exaltado com a mesma honra de Cristo. Satanás obteve simpatizantes. Anjos no Céu ajuntaram-se a ele em sua rebelião e caíram, com seu líder, da mais alta e santa posição e foram, conseqüentemente, expulsos do Céu juntamente com ele. ------------------------Capítulo 2 -- Adão, Eva e seu lar edênico DT 12 1 Deus, em conselho com Seu Filho, estabeleceu o plano de criar o homem à Sua própria imagem. O homem deveria ser colocado sob período de prova. Deveria ser testado e provado; se suportasse o teste de Deus e permanecesse leal e verdadeiro através da primeira prova, não ficaria assediado por tentações contínuas, mas seria exaltado à igualdade com os anjos e feito, daí por diante, imortal. DT 12 2 Adão e Eva saíram das mãos do Criador na completa perfeição do dote físico, mental e espiritual. Deus plantou para eles um jardim e os cercou de tudo o que era belo e atraente aos olhos, como requeriam suas necessidades físicas. Este santo par via um mundo de insuperável beleza e glória. O benevolente Criador deu-lhes evidências de Sua bondade e amor ao providenciar-lhes frutas, vegetais e grãos, e fez crescer na terra toda variedade de árvores úteis e bonitas. DT 12 3 O santo par olhou para a Natureza como um quadro de deslumbrante formosura. A terra, amarronzada, estava coberta de um carpete vivo, esverdeado, diversificado com variedades intermináveis de flores de perpetuação própria. Arbustos, flores e trepadeiras embelezavam o cenário com sua exuberância e fragrância. As muitas variedades de árvores altaneiras estavam carregadas de frutos deliciosos de toda espécie, adaptados a satisfazerem o paladar e os desejos dos felizes Adão e Eva. Deus providenciou este lar edênico para os nossos primeiros pais, dando-lhes evidências inequívocas do Seu grande amor e desvelo por eles. DT 13 1 Adão foi coroado rei no Éden. Foi-lhe dado domínio sobre todos os seres viventes que Deus tinha criado. O Senhor abençoou Adão e Eva com inteligência tal que Ele não tinha dado a nenhuma outra criatura. Conferiu a Adão o poder sobre todas as obras criadas, de Suas mãos. O homem, feito à imagem divina, poderia contemplar e apreciar as obras gloriosas de Deus na Natureza. DT 13 2 Adão e Eva podiam divisar a habilidade e a glória de Deus em cada haste de grama, arbusto e flor. A beleza natural que os envolvia refletia-se como um espelho de sabedoria, excelência e amor do seu Pai celestial. Seus cânticos de afeição e louvor subiam ao Céu suave e reverentemente, em harmonia com os suaves cânticos dos elevados anjos, e com a passarada feliz que gorjeava despreocupadamente suas músicas. Não havia doença, decrepitude, nem morte. A vida estava em tudo em que se pudessem repousar os olhos. A atmosfera estava cheia de vida. Havia vida em cada folha, em cada flor e em cada árvore. DT 14 1 O Senhor sabia que Adão não podia ser feliz sem o trabalho; portanto deu-lhe a agradável ocupação de cuidar do jardim. À medida que ele cuidava das coisas bonitas e úteis ao seu redor, podia ver a bondade e a glória de Deus nas Suas obras criadas. Adão tinha temas a contemplar nas obras de Deus no Éden, que era uma miniatura do Céu. Deus não formou o homem meramente para contemplar as Suas obras gloriosas; porém deu-lhe mãos para trabalhar, bem como mente e coração para contemplar. DT 14 2 Se a felicidade do homem consistisse em não fazer nada, o Criador não teria apontado o trabalho para Adão. O homem deveria encontrar felicidade no trabalho e também na meditação. Adão deveria ter em grande estima o fato de que ele fora criado à imagem de Deus, a fim de ser semelhante a Ele em justiça e santidade. Sua mente possuía a capacidade de cultivo contínuo, expansão, refinamento e nobreza pois Deus era seu professor, e os anjos seus companheiros. ------------------------Capítulo 3 -- O teste da provação DT 14 3 O Senhor colocou o homem sob provação a fim de que pudesse formar um caráter de integridade comprovada, para sua própria felicidade e para glória de seu Criador. Ele dotara Adão com poderes de uma mente superior, como nenhuma outra criatura que Suas mãos fizeram. Sua superioridade mental era um pouco menor do que a dos anjos. Estava em condição de familiarizar-se com a sublimidade e a glória da Natureza, e compreender o caráter do Pai celestial nas Suas obras criadas. As glórias do Éden, e sobre tudo em que pudesse repousar os olhos, testificava do amor e do infinito poder de seu Pai. DT 15 1 O desprendimento foi a primeira lição moral dada a Adão. O governo de tudo foi-lhe colocado nas mãos. Julgamento, razão e consciência estavam sob seu domínio. "Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." 2 DT 15 2 Adão e Eva tinham permissão de participar de todas as árvores do jardim, salvo uma. Havia uma única e simples proibição. A árvore proibida era tão atrativa e desejável como qualquer outra do jardim. Era chamada árvore do conhecimento porque participando dessa árvore, da qual Deus disse, "dela não comerás", eles teriam o conhecimento do pecado, experimentariam a desobediência. DT 15 3 Eva saiu de perto do esposo, para contemplar as coisas maravilhosas da Natureza, deleitando-se nos seus cenários coloridos e na fragrância das flores, admirando a beleza das árvores e arbustos. Pôs-se a pensar na restrição que Deus lhes tinha imposto no tocante à árvore da ciência do bem e do mal. Ficou deslumbrada com a beleza e abundância que o Senhor providenciara para a satisfação de cada desejo. Tudo isto, disse ela, Deus nos deu para nossa satisfação. Tudo é nosso; porque Deus tinha dito: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás." DT 16 1 Eva passeava perto da árvore proibida, e foi despertando a curiosidade para descobrir como a morte poderia ocultar-se no fruto dessa agradável árvore. Ficou surpresa ao ouvir que suas interrogações foram apanhadas e repetidas por uma estranha voz. "É assim que Deus disse: Não comerás de toda árvore do jardim?"3 Eva não percebeu que tinha revelado seus pensamentos conversando audivelmente consigo mesma; destarte, ficou grandemente atônita ao ouvir que suas inquietações eram respondidas pela serpente. Realmente pensou que a serpente lhe conhecia os pensamentos e que deveria ser muito sábia. DT 16 2 Respondeu-lhe: "Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal."4 DT 16 3 Aqui o pai da mentira fez sua asseveração em direta contradição à expressa palavra de Deus. Satanás assegurou a Eva que ela fora criada imortal, e que para ela não havia possibilidade de morrer. Disse-lhe que Deus sabia que se ela e seu esposo comessem da árvore do conhecimento, sua compreensão seria iluminada, expandida, enaltecida, tornando-se iguais a Ele mesmo. E a serpente respondeu a Eva que a ordem de Deus, proibindo-os de comer da árvore do conhecimento, foi dada para conservá-los num tal estado de subordinação que lhes vedasse o conhecimento, o qual era poder. Assegurou-lhe que o fruto desta árvore era desejável acima de todas as do jardim, para fazê-los sábios e exaltá-los à igualdade com Deus. Ele vos recusou, disse a serpente, o fruto desta árvore, a qual dentre todas as árvores, é a mais desejável pelo delicioso sabor e estimulante influência. DT 17 1 Eva pensou que o discurso da serpente fosse muito sábio, e que a proibição de Deus fosse injusta. Olhava com ardente desejo para a árvore carregada de frutos que pareciam muito deliciosos. A serpente estava comendo-os com evidente deleite. Eva agora desejava este fruto mais do que todas as variedades que Deus lhe pusera ao alcance, com pleno direito de uso. DT 17 2 Eva exagerou as palavras da ordem de Deus. Ele disse a Adão e Eva: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Na discussão de Eva com a serpente, ela acrescentou: "Nem tocareis nele." Aqui apareceu a sutileza da serpente. Esta citação de Eva deu-lhe vantagem; colheu o fruto e o colocou nas mãos de Eva, usando suas próprias palavras. "Deus disse que morrerias se tocasses no fruto. Vê, nenhum mal te sucedeu ao tocares nele; tampouco receberás dano algum ao comê-lo." DT 18 1 Eva cedeu ao mentiroso sofisma do diabo em forma de serpente. Ao comer o fruto não se apercebeu imediatamente de nenhum mal. Então ela mesma apanhou o fruto para si e para o esposo. "Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu." 5 DT 18 2 Adão e Eva deveriam estar plenamente satisfeitos com o conhecimento que receberam de Deus por intermédio de Sua obra criada e das instruções dos santos anjos. Todavia, sua curiosidade foi despertada para ficar a par daquilo que Deus designou que não deveriam conhecer. A ignorância do pecado era para sua própria felicidade. DT 18 3 O elevado grau de conhecimento que eles pensavam que obteriam comendo do fruto proibido, lançou-os na degradação do pecado e da culpa. ------------------------Capítulo 4 -- Paraíso perdido DT 18 4 Adão foi expulso do Éden; e os anjos que antes de sua transgressão haviam sido designados para guardá-lo, no seu lar edênico, foram agora escalados para guardar os portais do paraíso e o caminho da árvore da vida, a fim de que ele não retornasse, tendo acesso à mesma, imortalizando, destarte, o pecado. DT 18 5 O pecado afastou o homem do paraíso e foi a causa da retirada do paraíso, da Terra. Como conseqüência da transgressão da lei de Deus, Adão o perdeu. Em obediência à lei do Pai e através da expiação do sangue de Seu Filho, o paraíso será restituído. "Arrependimento para com Deus", porque Sua lei foi transgredida, e fé em nosso Senhor Jesus Cristo como único Redentor do homem, serão aceitos por Deus. Não obstante a natureza pecaminosa do homem, os méritos do querido Filho de Deus em seu favor serão eficazes diante do Pai. DT 19 1 Satanás estava determinado a ser bem-sucedido na sua tentação ao imaculado par. Podia atacar este santo par com mais sucesso por meio do apetite, do que de qualquer outra maneira. O fruto da árvore proibida parecia agradável à vista e desejável ao paladar. Eles comeram e caíram. Transgrediram os justos mandamentos de Deus e tornaram-se pecadores. A vitória de Satanás foi completa. Assim teve vantagem sobre a raça humana. Exaltou-se através de sua sutileza, opondo-se ao propósito de Deus na criação do homem. DT 19 2 Satanás exaltou-se orgulhosamente diante de Cristo e diante dos anjos leais por ter tido êxito em levar uma parte dos anjos do Céu a unir-se a ele em sua presunçosa rebelião, e agora, que fora bem-sucedido em dominar Adão e Eva, afirmava que o lar edênico era seu. Orgulhosamente se jactava de que o mundo que fora criado por Deus era seu domínio; tendo conquistado Adão, o monarca do mundo, ganhara a raça humana, como seu vassalo e deveria agora possuir o Éden, fazendo dele o seu quartel general; ali estabeleceria o seu trono e seria o monarca do mundo. DT 20 1 Medidas, porém, foram imediatamente tomadas no Céu para derrotar Satanás e seus planos. Anjos poderosos, tendo raios de luz como espadas flamejantes, saíram em todas as direções e foram colocados como sentinelas para guardar o caminho à árvore da vida, da aproximação de Satanás e do par culpado. Adão e Eva perderam todo direito ao seu maravilhoso lar edênico e agora foram expulsos dele. A terra foi amaldiçoada por causa do pecado de Adão e produziria cardos e abrolhos. Enquanto vivesse, Adão estaria exposto às tentações de Satanás e finalmente sofreria a morte, voltando ao pó. ------------------------Capítulo 5 -- Plano de redenção DT 20 2 Houve um concílio no Céu, tendo como resultado a submissão do querido Filho de Deus a fim de redimir o homem da maldição e desgraça da falha de Adão, e derrotar a Satanás. Oh! condescendência maravilhosa! A Majestade do Céu, por causa do Seu amor e piedade pelo homem caído, propôs tornar-Se seu substituto e fiança. Ele carregaria a culpa do homem. Tomaria sobre Si mesmo a condenação do Pai, a qual de outra maneira cairia sobre o homem por causa de sua desobediência. DT 20 3 A lei de Deus era inalterável. Não poderia ser abolida nem seria possível submeter a menor parte de sua reivindicação para ajudar o homem no seu estado caído. O ser humano estava separado de Deus pela transgressão de Seu expresso mandamento, apesar de ter Ele conscientizado a Adão, das conseqüências de tal transgressão. O pecado de Adão originou uma situação deplorável. Satanás agora teria controle ilimitado sobre a raça humana, a menos que um ser mais poderoso do que Satanás antes de sua queda, entrasse em ação e o vencesse, resgatando, destarte, o homem. DT 21 1 A alma divina de Cristo encheu-Se de infinita compaixão pelo par caído. Ao verificar sua condição desditosa e desesperançada, ao ver que pela transgressão da lei de Deus eles caíram sob o poder e controle do príncipe das trevas, propôs o único meio que poderia ser aceitável diante de Deus, dando-lhes outra oportunidade e colocando-os novamente sob um período de prova. Cristo consentiu em deixar Seu lugar de honra, Sua autoridade real, Sua glória com o Pai, humilhando-Se ao humanizar-Se e ao entrar em luta com o poderoso príncipe das trevas, a fim de salvar o homem. Por meio de Sua humilhação e pobreza identificar-Se-ia com a fragilidade da raça caída, e mediante resoluta obediência mostraria Ele ser capaz de redimir a falha clamorosa de Adão e por humilde obediência reconquistaria o Éden perdido. DT 21 2 A grande obra da redenção só poderia ser efetuada pelo Redentor, ao tomar o lugar do Adão caído. Levando sobre Si os pecados do mundo, Ele poderia palmilhar o caminho em que Adão tropeçou. Suportaria uma prova infinitamente mais severa do que aquela que Adão falhou em suportar. Creditaria à conta do homem, ao derrotar o tentador por meio da obediência, Sua pureza de caráter e serena integridade, imputando ao homem Sua justiça, para que, em Seu nome, o ser humano pudesse superar o inimigo por iniciativa própria. DT 22 1 Que amor! Que extraordinária condescendência! O Rei da glória propôs humilhar-Se a Si mesmo à humanidade caída! Seguiria os passos de Adão. Tomaria a natureza caída do homem e Se empenharia na luta contra o forte inimigo que triunfara sobre Adão. Venceria Satanás e, assim fazendo, abriria o caminho para a reparação da falha e da queda desventurosa de Adão e de todos aqueles que cressem nEle. DT 22 2 Anjos submetidos à prova foram enganados por Satanás e foram liderados por ele em uma grande rebelião nos Céus, contra Cristo. Falharam em suportar a prova a que foram submetidos e caíram. Adão foi criado à imagem de Deus e colocado sob provação. Tinha um organismo perfeitamente desenvolvido. Todas as suas faculdades eram harmoniosas. Em todas as suas emoções, palavras e ações havia uma perfeita conformidade com a vontade do seu Criador. Depois de ter Deus tomado todas as providências para a felicidade do homem, e ter suprido todos os seus desejos, provou sua lealdade. Se o santo par permanecesse obediente, a raça humana seria, depois de algum tempo, feita igual aos anjos. Como Adão e Eva falharam em suportar a prova, Cristo propôs tornar-Se uma oferta voluntária em prol do homem. DT 22 3 Satanás viu que se Cristo era na verdade o Filho de Deus, o Redentor do mundo, não seria bom para ele que o Senhor deixasse as cortes reais do Céu a fim de vir a este mundo caído. Temia que o seu poder, a partir desse tempo, fosse limitado e que os seus enganos fossem discernidos e expostos, e sua influência sobre o homem fosse enfraquecida. Temia que seu domínio e controle dos reinos do mundo fossem contestados. Lembrava-se das palavras que Jeová lhe dirigiu quando foi convocado à Sua presença com Adão e Eva, a quem havia arruinado com os seus enganos: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar."6 Esta declaração contém a primeira promessa evangélica feita ao homem. DT 23 1 Mas estas palavras, ao serem pronunciadas, não foram completamente entendidas por Satanás. Sabia, porém, que continham a maldição para ele por haver seduzido o santo par. Quando Cristo Se manifestou sobre a Terra, Satanás temeu que Ele fosse na verdade o Prometido que iria limitar o seu poder e finalmente destruí-lo. DT 23 2 Satanás tinha um interesse peculiar em observar o desenvolvimento dos eventos que se seguiram imediatamente à queda de Adão, para saber como seu trabalho havia afetado o reino de Deus, e o que o Senhor iria fazer com Adão, por causa de sua desobediência. DT 23 3 O Filho de Deus, ao submeter-Se a fim de tornar-Se o Redentor da raça humana, colocou Adão numa nova relação com o Seu Criador. Continuaria ainda em estado decaído, mas a porta da esperança fora aberta para ele. A condenação de Deus ainda permaneceria sobre Adão, mas a execução da sentença de morte foi postergada e a indignação de Deus foi contida porque Cristo aceitou a missão de tornar-Se o Redentor do homem. Cristo tomou sobre Si a ira de Deus, que por justiça deveria cair sobre o homem. Tornou-Se o refúgio do ser humano e apesar de ser este na verdade um criminoso, merecendo a condenação de Deus, pôde, contudo, pela fé em Cristo, correr para o refúgio provido e ser salvo. No meio da morte há vida se o homem escolher aceitá-la. O santo e infinito Deus, que mora na luz inacessível, não podia mais falar ao homem. Nenhuma comunicação poderia agora existir diretamente entre o homem e seu Criador. DT 24 1 Deus Se absteve, por algum tempo, da execução completa da sentença de morte pronunciada sobre o homem. Satanás exultou por ter quebrado para sempre a ligação entre o Céu e a Terra. Estava, porém, totalmente enganado e desapontado. O Pai entregou o mundo a Seu Filho para que Ele o redimisse da maldição e desgraça da falha e queda de Adão. Unicamente através de Cristo poderia o Senhor manter comunhão com o homem. DT 25 2 Cristo voluntariamente Se propôs manter e vindicar a santidade da lei divina. Não tiraria a mínima parte de suas reivindicações na obra de redimir o homem, mas, a fim de salvá-lo e manter a santidade dos reclamos e justiça da lei de Pai, Ele Se entregou a Si mesmo em sacrifício pela culpa do homem. Na Sua vida, em nenhum sentido desviou-Se Cristo da lei de Seu Pai. Ao contrário, por firme obediência a todos os seus preceitos, e morrendo pelos pecados daqueles que os tinham transgredido, estabeleceu Ele a sua imutabilidade. DT 25 1 Após a transgressão de Adão, viu Ele que a ruína foi completa. A raça humana foi levada a uma deplorável condição. O homem foi cortado de sua interligação com Deus. Era desígnio de Satanás que o estado do homem fosse o mesmo dos anjos caídos, em rebelião contra Deus, insatisfeito, sem um vislumbre de esperança. Arrazoava que se Deus perdoasse o homem pecador que havia criado, também perdoaria a ele e seus anjos, e receberia a todos em Seu favor. Contudo, seria desapontado. DT 25 2 O divino Filho de Deus viu que nenhum instrumento, senão Ele próprio, poderia salvar o homem, e determinou salvá-lo. Deixou que os anjos caídos perecessem na sua rebelião, mas estendeu a mão para resgatar o homem que perecia. Os anjos que se rebelaram foram tratados de acordo com a luz e experiência que abundantemente haviam usufruído no Céu. Satanás, o chefe dos anjos caídos, tinha uma vez uma exaltada posição no Céu. Era o mais honrado depois de Cristo. O conhecimento que ele, bem como os anjos que com ele caíram, tinham do caráter de Deus, de Sua bondade, Sua misericórdia, sabedoria e excelente glória, tornou-lhes a culpa imperdoável. DT 25 3 Não havia possibilidade de esperança de redenção para estes que haviam testemunhado e compartilhado da glória inexprimível do Céu, tinham visto a terrível majestade de Deus e, em face de toda esta glória, ainda se rebelaram contra Ele. Não haveria novas e maravilhosas exibições do exaltado poder de Deus que os pudessem impressionar tão profundamente como aquelas que já haviam testemunhado. Se foram capazes de rebelar-se justamente na presença de inexprimível glória, não poderiam ser colocados em nenhuma condição mais favorável para serem provados. Não havia reserva de poder, nem grandes alturas ou profundezas da glória infinita, para sobrepujar suas ciumentas dúvidas e murmurantes rebeliões. Sua culpa e castigo deveriam ser proporcionais aos seus exaltados privilégios nas cortes celestiais. ------------------------Capítulo 6 -- Ofertas de sacrifícios DT 26 1 O homem caído, por causa de sua culpa, não podia mais aproximar-se de Deus com suas súplicas, porque a transgressão da lei divina colocara uma barreira intransponível entre o santo Deus e o transgressor. Um plano, porém, foi divisado em que a sentença de morte recaísse sobre um Substituto. No plano da redenção haveria derramamento de sangue, porque a morte deveria ocorrer como conseqüência do pecado do homem. O animal a ser sacrificado como oferta prefigurava a Cristo. Ao matar a vítima, o homem veria o cumprimento das palavras de Deus: "Certamente morrerás." O jorrar do sangue da vítima significaria também a expiação. Não havia nenhuma virtude no sangue de animais; mas o derramamento do mesmo apontaria para um Redentor que um dia viria ao mundo e morreria pelos pecados dos homens. Assim Cristo vindicaria completamente a lei de Seu Pai. DT 27 1 Satanás contemplava com intenso interesse cada evento relacionado com as ofertas de sacrifícios. A devoção e a solenidade ligadas ao derramamento de sangue da vítima causava-lhe grande desconforto. Para ele esta cerimônia estava revestida de mistério; mas ele não era um estudante embotado. Imediatamente descobriu que as ofertas de sacrifícios tipificavam alguma expiação futura para o homem. Viu que estas ofertas significavam arrependimento do pecado. Isto não se harmonizava com os seus propósitos e imediatamente começou a trabalhar no coração de Caim com o intuito de levá-lo à rebelião contra a oferta de sacrifício que prefigurava um Redentor vindouro. DT 27 2 O arrependimento de Adão, evidenciado por sua tristeza pela transgressão e sua esperança de salvação através de Cristo, mostrada por suas obras nas ofertas de sacrifícios, constituía um desapontamento para Satanás. Esperava constantemente ganhar Adão a fim de unir-se a ele na murmuração contra Deus, e rebelar-se contra Sua autoridade. Caim e Abel foram representantes de duas grandes classes. Abel, como sacerdote, com fé solene ofereceu seu sacrifício. Caim estava desejoso de oferecer os frutos da terra, mas recusou relacionar sua oferta com sangue de animais. Seu coração recusava mostrar arrependimento do pecado e fé num Salvador, por intermédio da oferta do sangue de animais. Recusou admitir sua necessidade de um Redentor. Isto para o seu coração orgulhoso era dependência e humilhação. DT 28 1 Mas Abel, pela fé num futuro Redentor, ofereceu a Deus um sacrifício mais aceitável do que Caim. Sua oferta de sangue de animais significava que ele era pecador e tinha pecados a abandonar, e se arrependia, e acreditava na eficácia do sangue da grande oferta futura. Satanás é pai da descrença, murmuração e rebelião. Encheu Caim de dúvidas e furor contra seu irmão inocente e contra Deus, porque seu sacrifício foi recusado e o de Abel aceito. E na sua ira insana assassinou o irmão. DT 28 2 As ofertas sacrificais foram instituídas a fim de ser uma garantia permanente para o homem quanto ao perdão de Deus, através do grande sacrifício a ser feito, tipificado pelo sangue de animais. Por meio desta cerimônia, o homem demonstrava arrependimento, obediência e fé em um Redentor que haveria de vir. O que tornou a oferta de Caim inaceitável diante de Deus foi sua falta de submissão e obediência para com a ordem por Ele designada. Pensou que seu próprio plano de oferecer a Deus meramente o fruto da terra era nobre e menos humilhante do que a oferta do sangue de animais, que demonstrava dependência de outro e assim expressava a própria fraqueza e pecaminosidade. Caim desprezava o sangue da expiação. DT 28 3 Adão, ao transgredir a lei de Jeová, abriu a porta para Satanás, que plantou seu estandarte no seio da primeira família. Foi, na verdade, levado a sentir que o salário do pecado é a morte. Satanás delineou ganhar o Éden enganando nossos primeiros pais; contudo, nisso foi desapontado. Em vez de obter para si mesmo o Éden, agora temia que perderia tudo que reclamara do Éden. Sua sagacidade pôde traçar a significação dessas ofertas, que apontavam para o homem o Redentor vindouro e, por enquanto, eram a expiação típica para o pecado do homem caído, abrindo a porta da esperança para a raça humana. DT 29 1 A rebelião de Satanás contra Deus foi resoluta. Trabalhava numa condição de guerra contra o reino de Deus, com perseverança e notável fortaleza, dignas de melhor causa. ------------------------Capítulo 7 -- Apetite e paixão DT 29 2 O mundo tinha-se tornado tão corrupto através da condescendência com o apetite e aviltada paixão, nos dias de Noé, que Deus destruiu seus habitantes pelas águas do Dilúvio. Ao multiplicarem-se os homens sobre a Terra, a condescendência com o vinho causava uma pervertida intoxicação dos sentidos e preparava o caminho para o intoxicante consumo de carne e o fortalecimento das paixões animalescas. Os homens se levantaram contra o Deus dos Céus; e suas faculdades e oportunidades foram devotadas à auto-glorificação, ao invés de honrarem seu Criador. Satanás facilmente obteve acesso ao coração dos homens. Ele é um diligente estudioso da Bíblia e está mais familiarizado com as profecias do que muitos professos religiosos. Sabe que é de interesse manter-se bem informado sobre os revelados propósitos de Deus, para que possa desfazer os planos do Infinito. DT 30 1 Assim, infiéis freqüentemente estudam mais diligentemente as Escrituras do que alguns que professam ser guiados por elas. Alguns descrentes investigam as Escrituras para familiarizar-se com a verdade bíblica e fornecer a si mesmos argumentos, para fazer parecer que a Bíblia se contradiz. Muitos professos cristãos são tão ignorantes da Palavra de Deus, pela negligência do seu estudo, que ficam cegos pelo raciocínio enganoso daqueles que pervertem a verdade sagrada desviando almas do conselho de Deus, apresentado em Sua Palavra. DT 30 2 Satanás viu nas ofertas típicas um Redentor esperado, que salvaria o homem do seu controle. Lançou seus planos profundos, para dominar o coração dos homens de geração em geração, e para cegar seu entendimento quanto às profecias, a fim de que, quando Jesus viesse, o povo O rejeitasse como seu Salvador. DT 30 3 Deus designou Moisés para libertar Seu povo da escravidão da terra do Egito, para que eles pudessem consagrar-se a fim de servi-Lo com perfeição de coração, e ser um tesouro peculiar. Moisés era o seu líder visível, enquanto Cristo estava na direção dos exércitos de Israel, seu Líder invisível. Se eles tivessem tido a devida compreensão do que se passava, não se teriam rebelado e provocado Deus no deserto, com as suas murmurações irrazoáveis. Deus disse a Moisés: "Eis que Eu envio um anjo diante de ti, para que te guarde pelo caminho, e te leve ao lugar que tenho preparado. Guarda-te diante dEle, e ouve a Sua voz, e não te rebeles contra Ele, porque não perdoará a vossa transgressão; pois nEle está o Meu nome." 7 DT 31 1 Quando Cristo, como líder, anjo guardião, condescendeu em comandar os exércitos de Israel através do deserto até Canaã, Satanás foi provocado, pois sentiu que seu poder não seria capaz de controlá-los tão bem. Todavia, ao ver que os exércitos de Israel eram facilmente influenciados e incitados à rebelião por suas insinuações, tinha esperança de levá-los à murmuração e ao pecado, o que traria sobre eles a ira de Deus. Ao verificar que o seu poder era admitido pelos homens, tornou-se audacioso nas suas tentações, incitando-os ao crime e à violência. Por meio dos enganos de Satanás, cada geração ia-se tornando mais fraca em poder físico, mental e moral. Isto lhe dava coragem para pensar na possibilidade de ter êxito em sua guerra contra Cristo em pessoa, quando Ele Se manifestasse. DT 31 2 São poucos em cada geração desde Adão os que têm resistido aos seus artifícios e permanecido como nobres representantes daquilo que o homem em seu poder é capaz de fazer e ser, enquanto Cristo coopera com os esforços humanos para ajudar o homem a sobrepujar o poder de Satanás. Enoque e Elias são representantes corretos do que a raça pode ser, por meio da fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Satanás ficou grandemente perturbado porque estes homens nobres e santos eram imaculados no meio da corrupção que os cercava, formando caráter perfeitamente justo e sendo considerados dignos da trasladação para o Céu. Ao permanecerem firmes em poder moral, na justiça enobrecedora, vencendo as tentações de Satanás, ele não podia colocá-los sob o domínio da morte. Jactou-se de que tinha poder para com suas tentações dominar Moisés, e que poderia manchar o seu nobre caráter e levá-lo a pecar, tomando para si, diante do povo, a glória que pertencia a Deus. DT 32 1 Cristo ressuscitou a Moisés e o levou para o Céu. Isto exasperou Satanás, levando-o a acusar o Filho de Deus de invadir seu domínio, roubando da sepultura sua legítima presa. Disse Judas, referindo-se à ressurreição de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda."8 DT 32 2 Quando Satanás tem êxito em tentar as pessoas a quem Deus tem especialmente honrado, a cometer graves pecados, ele triunfa, porque ganha para si mesmo uma grande vitória e causa dano ao reino de Cristo. ------------------------Capítulo 8 -- Uma ameaça ao reino de Satanás DT 32 3 Por ocasião do nascimento de Cristo, Satanás viu as planícies de Belém iluminadas pela brilhante glória de uma multidão de anjos celestiais. Ouviu o seu cântico: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem." 9 O príncipe das trevas viu os pastores maravilhados, cheios de temor, observando as planícies iluminadas. Tremiam diante da exibição de ofuscante glória que parecia penetrar nos seus sentidos. O próprio chefe rebelde tremeu ante a proclamação do anjo aos pastores: "Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor."10 Tinha delineado com grande êxito um plano para arruinar os homens e tornara-se audacioso e poderoso. Controlara a mente e o corpo dos homens desde Adão até ao primeiro aparecimento de Cristo. Mas agora Satanás estava em dificuldade e alarmado pelo seu reino e sua vida. DT 33 1 Pelo cântico dos mensageiros celestiais, proclamando o advento do Salvador ao mundo caído, e o regozijo expresso neste grande evento, Satanás sabia que não lhe era reservada boa coisa. Um presságio negro se lhe abateu sobre a mente: o que a influência deste advento ao mundo poderia causar ao seu reino. Indagava se isto não era a vinda dAquele que contestaria o seu poder e destruiria o seu reino. Considerou a Cristo, desde o Seu nascimento, como rival. Excitou a inveja e o ciúme de Herodes para destruir a Cristo, insinuando que o seu poder e o seu reino estavam prestes a ser dados a Este novo Rei. Satanás imbuiu Herodes dos mesmos sentimentos e temor que perturbavam sua própria mente. Inspirou a intenção corrupta de Herodes, de matar todas as crianças de Belém, que tinham até dois anos de idade, plano este, pensava ele, que teria êxito em livrar a Terra do infante Rei. DT 34 1 Todavia, contra seus planos, Satanás vê um mais elevado poder operando. Anjos de Deus protegiam a vida do infante Redentor. José foi avisado em sonho, que fugisse para o Egito, encontrando asilo para o Redentor do mundo, numa terra pagã. Satanás O seguiu desde a infância até a juventude e da juventude até a vida adulta, cogitando meios e maneiras para desviá-Lo de Sua submissão a Deus, e dominá-Lo com suas sutis tentações. A imaculada pureza da infância, juventude e vida adulta de Cristo, que Satanás não podia manchar, aborrecia-o excessivamente. Todos os seus dardos e flechas de tentações caíam inofensivas diante do Filho de Deus. E quando ele viu que todas as suas tentações não resultavam em nada para demover a Cristo de Sua leal integridade, ou macular a impecável pureza do Jovem Galileu, ficou perplexo e terrivelmente enfurecido. Olhava para esse Jovem como um inimigo que ele mais receava e temia. DT 34 2 Esse deveria ser Aquele que andaria sobre a Terra com poder moral para suportar todas as suas tentações, que resistiria a todas as suas atrativas seduções para persuadi-Lo a pecar, e sobre quem ele não obteria nenhuma vantagem para separá-Lo de Deus. Tudo isto provocava e irritava sua majestade satânica. DT 34 3 A infância, juventude e vida adulta de João, que veio no espírito e poder de Elias para fazer uma obra de preparo do caminho para o Redentor do mundo, foi marcada por firmeza e poder moral. Satanás não pôde afastá-lo de sua integridade. Quando a voz do profeta foi ouvida no deserto: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas",11 Satanás temeu pelo seu reino. Sentiu que a voz, soando no deserto como som de trombeta, levava pecadores sobre seu controle a tremer. Viu que o seu poder sobre muitos estava quebrado. A intensidade do pecado foi revelada de tal maneira que os homens ficaram alarmados; e alguns, pelo arrependimento de seus pecados, encontraram o favor de Deus e obtiveram poder moral para resistir às suas tentações. DT 35 1 Ele estava presente quando Cristo Se apresentou a João para o batismo. Ouviu a voz majestosa ressoando através do Céu e ecoando pela Terra como estrépito de trovão. Viu os relâmpagos das nuvens dos céus e ouviu as respeitáveis palavras de Jeová: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo."12 Viu o resplendor da glória do Pai cobrindo a forma de Jesus, apontando assim à multidão Aquele a quem Ele reconhecia como Seu Filho, com inegável segurança. As circunstâncias relacionadas com a cena batismal despertaram o mais intenso ódio no peito de Satanás. Agora sabia com certeza que, se não pudesse dominar a Cristo, a partir desse tempo seu poder seria limitado. Compreendeu que a comunicação do trono de Deus significava que o Céu estava mais diretamente acessível ao homem. DT 36 1 Ao levar Satanás o homem a pecar, tinha esperanças de que a repugnância de Deus ao pecado O separaria para sempre do homem e quebraria o elo de ligação entre o Céu e a Terra. O abrir dos Céus em conexão com a voz de Deus dirigida a Seu Filho foi como um toque mortal para Satanás. Temeu que Deus estava agora mais disposto a unir o homem a Si mesmo e conferir-lhe poder para vencer suas artimanhas. E com este propósito Cristo veio das cortes reais para a Terra. Satanás estava bem ciente da posição honrosa que Cristo ocupava no Céu como Filho de Deus, o amado do Pai. Ao deixar o Céu e vir a este mundo como homem, isto o encheu de apreensão por sua segurança. Ele não podia compreender o mistério deste grande sacrifício em benefício do homem caído. Sabia que a avaliação do Céu excedia em muito o antegozo e apreciação do homem caído. O mais valioso tesouro do mundo, ele sabia, não se compara com o seu valor. Sendo que havia perdido, por causa de sua rebelião, todas as riquezas e puras glórias do Céu, estava determinado a ser vingativo, levando a humanidade, tanto quanto possível, a desvalorizar o Céu e a colocar as afeições nos tesouros terrestres. DT 36 2 Era incompreensível, para a alma egoísta de Satanás, que pudesse existir tão grande benevolência e amor para com uma raça enganada, que induzisse o Príncipe do Céu a deixar Seu lar e vir ao mundo mareado pelo pecado e pela maldição. Conhecia o inestimável valor das riquezas eternas que o homem desconhecia. Tinha experiência da pura satisfação, da paz, da exaltada santidade e ilimitado regozijo do lar celestial. Compreendia, antes de sua rebelião, a satisfação da completa aprovação de Deus. Já tivera uma completa apreciação da glória que envolvia o Pai e sabia que não havia limite ao Seu poder. DT 37 1 Satanás sabia o que tinha perdido. Agora temia que seu império sobre o mundo fosse contestado e quebrado seu poder. Sabia, pela profecia, que o Salvador fora predito e que Seu reino não seria estabelecido com triunfo terrestre e com honra e exibição mundanas. Sabia que as profecias antigas prediziam um reino que seria estabelecido pelo Príncipe do Céu sobre a Terra, a qual reclamava como seu domínio. Esse reino abarcaria todos os reinos do mundo e então seu poder e sua glória cessariam e ele receberia sua retribuição pelos pecados que havia introduzido no mundo e a miséria que havia trazido sobre o homem. Sabia que tudo o que concernia a sua prosperidade estava dependendo do seu êxito ou fracasso em dominar a Cristo com suas tentações no deserto. Trouxe sobre Cristo todo artifício e força de suas tentações poderosas, para demovê-Lo de Sua obediência. DT 37 2 É impossível ao homem conhecer a força das tentações de Satanás sobre o Filho de Deus. Cada tentação que parece tão aflitiva ao homem na sua vida cotidiana, tão difícil de ser resistida e dominada, foi trazida sobre o Filho de Deus em tão alto grau quanto a Sua excelência de caráter era superior à do homem caído. DT 38 1 Cristo foi tentado em todos os pontos como nós somos. Como representante do homem Ele Se aproximou de Deus nas provas e tentações. Enfrentou a força intensa de Satanás. Cristo experimentou as mais vis tentações e as venceu em favor do homem. É impossível que o ser humano seja tentado acima do que pode suportar enquanto se apóia em Jesus, o infinito Conquistador. ------------------------Capítulo 9 -- A tentação DT 38 2 No desolado deserto Ele não estava em posição favorável para suportar as tentações de Satanás, como estava Adão quando foi tentado no Éden. O Filho de Deus humilhou-Se a Si mesmo e tomou a natureza humana após a raça humana ter-se desviado do Éden por quatro mil anos, do seu estado original de pureza e retidão. O pecado fez por séculos suas terríveis marcas sobre a raça humana; e a degeneração física, mental e moral prevaleceu em toda a família humana. DT 38 3 Quando Adão foi assaltado pelo tentador no Éden, estava sem a mancha do pecado. Achava-se na força de perfeita varonilidade. Todos os órgãos e faculdades do seu ser estavam igualmente desenvolvidos e harmoniosamente equilibrados. DT 38 4 Cristo, no deserto da tentação, ficou no lugar de Adão para suportar a prova que ele deixou de resistir. Aqui, Cristo venceu em favor do pecador, quatro mil anos após Adão dar as costas à luz de seu lar. Separada da presença de Deus, a família humana afastou-se mais e mais, em cada geração sucessiva, da pureza e sabedoria originais, e do conhecimento que Adão possuía no Éden. Cristo herdou os pecados e enfermidades da raça humana como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da raça humana, com as fraquezas do homem caído sobre Si, enfrentou as tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem podia ser assaltado. DT 39 1 Adão estava cercado por tudo aquilo que desejava o seu coração. Todo o seu desejo era satisfeito. Não havia pecado nem sinais de decadência no glorioso Éden. Anjos de Deus conversavam livre e amorosamente com o santo par. Felizes pássaros canoros entoavam livres e regurgitantes seus cânticos de louvor ao Criador. Os animais pacíficos, em feliz inocência, brincavam ao redor de Adão e Eva, obedientes a sua palavra. Adão estava na sua perfeição de varonilidade, a obra mais nobre do Criador. Era a imagem de Deus, um pouco menor do que os anjos. ------------------------Capítulo 10 -- Cristo como segundo Adão DT 39 2 Que contraste o segundo Adão apresentava quando Ele entrou no sombrio deserto para sozinho enfrentar a Satanás! Desde a queda, a raça humana havia diminuído em estatura e força física e decaído cada vez mais na escala do valor moral, até ao período do primeiro advento de Cristo à Terra. A fim de elevar o homem caído, Cristo deveria alcançá-lo onde ele estava. Tomou a natureza humana e carregou as enfermidades e degenerescências da raça humana. Aquele que não conheceu pecado tornou-Se pecado por nós. Humilhou-Se a Si mesmo até às profundezas mais baixas da miséria humana, a fim de que pudesse qualificar-Se para alcançar o homem e tirá-lo da degradação na qual o pecado o mergulhara. DT 40 1 "Porque convinha que Aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse por meio de sofrimentos o Autor da salvação deles."13 DT 40 2 "E, tendo sido aperfeiçoado, tornou-Se o Autor da salvação eterna para todos os que Lhe obedecem."14 DT 40 3 "Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados."15 DT 40 4 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado."16 DT 40 5 Satanás tem estado em guerra com o governo de Deus desde sua primeira rebelião. Seu êxito em tentar a Adão e Eva no Éden, e em introduzir o pecado no mundo, tem encorajado a este arquiinimigo; tinha-se jactanciado orgulhosamente diante dos anjos celestes de que, quando Cristo aparecesse, tomando a natureza humana, seria mais fraco do que ele e que iria subjugá-Lo pelo seu poder. DT 41 1 Exultava de que Adão e Eva no Éden não resistiram às suas insinuações, quando apelou para o apetite. Os habitantes do mundo antigo ele dominou da mesma maneira pela condescendência com o apetite, lascívia e paixões corruptas. Por meio da satisfação do apetite derrotou os israelitas. Vangloriava-se de que mesmo o Filho de Deus, que esteve com Moisés e Josué, não foi capaz de resistir ao seu poder e guiar a Canaã o povo favorecido por Sua escolha, pois quase todos os que deixaram o Egito morreram no deserto; também tentou o manso Moisés, a tomar para si a glória que pertencia a Deus. Davi e Salomão, que foram especialmente favorecidos por Deus, induziu-os por meio da condescendência com o apetite e paixão a incorrer no desagrado de Deus. Jactanciava-se de que ainda poderia ter êxito em frustrar o propósito de Deus na salvação do homem através de Cristo. DT 41 2 Na tentação do deserto, Cristo esteve sem alimento por quarenta dias. Moisés, em situações especiais, também ficou por um longo período sem alimentação. Mas ele não sentiu as angústias da fome. Não foi tentado e atormentado pelo vil e poderoso inimigo como foi o Filho de Deus. Estava acima do humano, especialmente mantido pela glória de Deus, a qual o envolvia. ------------------------Capítulo 11 -- Os efeitos terríveis do pecado sobre o homem DT 41 3 Satanás teve tanto êxito em enganar os anjos de Deus e arruinar o nobre Adão, que pensava que seria bem-sucedido em vencer a Cristo na Sua humilhação. Olhava com exultação para o resultado de suas tentações e o aumento do pecado em continuada transgressão da lei de Deus por mais de quatro mil anos. Ele causou a ruína de nossos primeiros pais e trouxe o pecado e a morte ao mundo, arruinou multidões em todas as eras, países e classes. Pelo seu poder tem controlado cidades e nações até que seus pecados provocassem a ira de Deus para destruí-los pelo fogo, água, terremotos, fome, espada e pestilência. Por sua sutileza e infatigáveis esforços tem ele controlado o apetite, excitado e reforçado as paixões a um ponto tão temerário que tem desfigurado e quase obliterado a imagem de Deus no homem. Sua dignidade física e moral foi destruída a tal ponto que apresentava uma pálida semelhança de caráter e nobre perfeição da dignidade de Adão no Éden. DT 42 1 Antes do primeiro advento de Cristo, Satanás rebaixara o homem de sua exaltada pureza original, ofuscando com o pecado aquele caráter áureo. O homem a quem Deus criou como soberano no Éden transformou-se em escravo na Terra, gemendo sob a maldição do pecado. A auréola de glória, dada por Deus ao santo Adão para cobri-lo como vestimenta, foi dele tirada após a transgressão. A luz da glória de Deus não podia cobrir a desobediência e o pecado. Em lugar da saúde e plenitude de bênçãos, a pobreza, as doenças e os sofrimentos de todo tipo tornaram-se a porção dos filhos de Adão. DT 43 1 Satanás, através do seu poder sedutor tem levado o homem à vã filosofia, a questionar e finalmente descrer da revelação divina e da existência de Deus. Olhou de todos os lados para um mundo de moral baixa e expôs a raça humana à condenação do pecado por um Deus vingativo, com cruel triunfo, sendo bem-sucedido em obscurecer o caminho de muitos, levando-os a transgredir a lei de Deus. Revestiu o pecado com agradáveis atrativos para assegurar a ruína de muitos. DT 43 2 Mas o seu mais bem-sucedido plano para enganar o homem tem consistido em ocultar seus propósitos reais e seu verdadeiro caráter, representando-se a si mesmo como amigo do homem -- um benfeitor da raça. Ele corteja os homens com o agradável enredo de que não existe inimigo rebelde e mortal de quem eles necessitem precaver-se e de que a existência de um diabo pessoal é tudo ficção; e enquanto esconde a sua existência, está reunindo milhares dos que estão sob seu controle. Está enganando a muitos, como tentou enganar a Cristo, dizendo que é um anjo do Céu, fazendo bom trabalho pela humanidade. As massas encontram-se tão cegas pelo pecado que não podem discernir as artimanhas de Satanás, honrando-o como anjo celestial, enquanto está operando sua eterna ruína. ------------------------Capítulo 12 -- A primeira tentação de Cristo DT 43 3 Cristo entrou no mundo como o destruidor de Satanás e o Redentor dos cativos presos pelo seu poder. Deixaria um exemplo na Sua própria vida vitoriosa, para que o homem seguisse, e assim vencesse as tentações de Satanás. DT 44 1 Tão logo Cristo entrou no deserto da tentação Seu aspecto mudou. A glória e o esplendor que se refletiam do trono de Deus e Sua aprovação quando os Céus se abriram diante dEle, a voz do Pai reconhecendo-O como Seu Filho, em quem Ele Se comprazia, agora se foram. O peso do pecado do mundo estava pressionando-Lhe a alma; e o Seu semblante expressava inexprimível tristeza, uma profunda angústia que nenhum homem caído nunca imaginou. Ele sentiu a esmagadora corrente de angústia que inundava o mundo. Experimentou a força da condescendência com o apetite e a mundana paixão que controlam o mundo e têm trazido sobre o homem inexpressíveis sofrimentos. DT 44 2 A condescendência com o apetite tem aumentado e se fortalecido em todas as gerações sucessivas, desde a transgressão de Adão até que a raça humana se tornou tão frágil em poder moral que não pôde vencer na sua própria força. Cristo, em favor da raça humana devia vencer o apetite, suportando a mais poderosa prova sobre isto. Deveria palmilhar sozinho a senda da tentação, sem ninguém a ajudá-Lo, sem nenhum conforto e apoio. Sozinho deveria lutar contra os poderes das trevas. DT 44 3 Como o homem na sua força humana não poderia resistir ao poder das tentações de Satanás, Jesus voluntariamente tomou a missão, a fim de levar o fardo do homem e vencer o poder do apetite em seu favor. Em favor do homem Ele devia mostrar desprendimento, perseverança e firmeza de princípio soberano até para a atormentadora angústia da fome. Devia mostrar um poder de controle mais forte do que a fome e mesmo a morte. ------------------------Capítulo 13 -- Significado da prova DT 45 1 Quando Cristo suportou a prova da tentação sobre o apetite, Ele não estava na beleza do Éden, como Adão, com a luz e o amor de Deus vistos em tudo sobre que seus olhos repousassem; mas estava num estéril e desolado deserto, rodeado por animais selvagens. Tudo a Sua volta era repulsivo. Nesse ambiente, jejuou quarenta dias e quarenta noites, "e naqueles dias, nada comeu".17 Estava enfraquecido pelo longo jejum e experimentou agudíssimo senso de fome. Seu semblante estava, na verdade, mais caído do que o dos filhos dos homens. DT 45 2 Assim Cristo entrou no conflito para vencer o poderoso inimigo, suportando toda a prova que Adão falhou em suportar, para que através do êxito neste conflito pudesse quebrar o poder de Satanás e redimir a raça humana da desgraça da queda. DT 45 3 Tudo estava perdido quando Adão se submeteu ao poder do apetite. O Redentor, em quem o humano e o divino estavam unidos, ficou no lugar de Adão e suportou o terrível jejum, por quase seis semanas. A duração deste jejum é a mais forte evidência da grande pecaminosidade do aviltado apetite e do poder que ele tem sobre a família humana. DT 46 1 A humanidade de Cristo alcançou a mais profunda mesquinhez humana e identificou-se com as fragilidades e necessidades do homem caído, enquanto Sua natureza divina se apegava ao Eterno. Sua obra em levar a culpa do homem transgressor não Lhe deu licença para continuar violando a lei de Deus, porque a transgressão fez do homem um devedor para com a lei, e Cristo mesmo estava pagando este débito com os Seus próprios sofrimentos. As provas e sofrimentos de Cristo visavam impressionar o homem com o senso do seu grande pecado em quebrar a lei de Deus, e levá-lo ao arrependimento e obediência à lei, e através da obediência torná-lo aceitável a Deus. Ele imputaria Sua justiça ao homem e assim aumentaria seu valor moral perante Deus, para que os seus esforços a fim de guardar a lei divina pudessem ser aceitos. O trabalho de Cristo consistia em reconciliar o homem com Deus, através de Sua natureza humana, e Deus com o homem através de Sua natureza divina. DT 46 2 Tão logo começou o longo jejum de Cristo, Satanás estava a postos com suas tentações. Ele veio a Cristo disfarçado em luz, afirmando ser um dos anjos do trono de Deus, enviado com uma missão de misericórdia a fim de simpatizar com Ele e aliviá-Lo da Sua condição de sofrimento. Tentava fazer Cristo acreditar que Deus não requeria dEle que experimentasse a negação própria e os sofrimentos que Ele antecipava; que tinha sido enviado do Céu para trazer-Lhe a mensagem de que Deus pretendia somente provar sua disposição em suportar. DT 47 1 Satanás disse a Cristo que Ele devia pôr os pés no caminho ensangüentado, mas não devia andar por ele, como o fizera Abraão quando provado, a fim de mostrar Sua perfeita obediência. Ele ainda mencionou que era o anjo que segurou a mão de Abraão quando o cutelo foi levantado para matar Isaque, e que agora veio para salvar-Lhe a vida; que não era necessário que Ele suportasse a dor desta fome e morte por inanição; que ele O ajudaria a suportar o trabalho no plano da salvação. DT 47 2 O Filho de Deus afastou-Se de todas estas tentações ardilosas e permaneceu no Seu propósito de levar avante em detalhes, no espírito e na letra, o plano que tinha sido delineado para a redenção da raça caída. Mas Satanás tinha diferentes maneiras de tentações, preparadas para enganar Cristo e obter vantagens sobre Ele; se falhasse numa tentação, tentaria outra. Pensava que seria bem-sucedido porque Cristo tinha-Se humilhado a Si mesmo como homem. Ele lisonjeou o seu suposto caráter como sendo de um anjo celestial e que não seria descoberto. Simulou duvidar da divindade de Cristo porque a Sua aparência estava enfraquecida e achava-Se em ambiente desfavorável. DT 47 3 Cristo sabia que ao tomar a natureza humana não seria igual aos anjos do Céu na aparência. Satanás insistia que se Ele era realmente o Filho de Deus, deveria dar-lhe evidência de Seu exaltado caráter. Aproximou-se de Cristo com tentações sobre o apetite. Ele venceu Adão neste ponto e controlou seus descendentes, e através da condescendência com o apetite, levou-os a provocar a Deus pela iniqüidade, chegando a ponto de os crimes serem tão grandes que o Senhor os destruiu da Terra pelas águas do Dilúvio. DT 48 1 Sob as tentações diretas de Satanás os filhos de Israel deixaram que o apetite controlasse a razão, e pela condescendência foram levados a cometer pecados graves que atraíram sobre eles a ira de Deus, e caíram no deserto. Pensava ele que poderia com êxito vencer a Cristo com as mesmas tentações. Satanás disse a Cristo que um dos exaltados anjos fora exilado na Terra, que Sua aparência indicava que, em vez de ser o Rei do Céu Ele era o anjo caído e que isto explicava a Sua aparência definhada e aflita. ------------------------Capítulo 14 -- Cristo não operou milagres para si mesmo DT 48 2 Ele chamou a atenção de Cristo para a sua própria aparência atrativa, vestido de luz e forte em poder. Afirmava ser um mensageiro direto do trono do Céu. Asseverava que tinha o direito de exigir de Cristo evidências de ser Ele o Filho de Deus. Satanás estava decidido a descrer, se possível, das palavras que foram dirigidas dos Céus ao Filho de Deus por ocasião do Seu batismo. Determinou vencer a Cristo e se possível construir o seu próprio reino e assegurar sua vida. A primeira tentação que Satanás trouxe sobre Cristo referia-se ao apetite. Neste ponto tinha domínio quase completo sobre o mundo, sendo suas tentações adaptadas às circunstâncias e ambientes de Cristo, de tal maneira que eram quase insuportáveis. DT 49 1 Cristo poderia ter operado um milagre em Seu próprio benefício; contudo, isto não estaria de acordo com o plano da salvação. Os muitos milagres na vida de Cristo demonstraram Seu poder de operar milagres em benefício da humanidade sofredora. Por um milagre de misericórdia Ele alimentou de uma só vez cinco mil, com cinco pães e dois peixinhos. Portanto, Ele tinha poder para operar milagres e saciar Sua própria fome. Satanás lisonjeava-se a si mesmo de que poderia levar Cristo a duvidar das palavras faladas do Céu por ocasião do Seu batismo. Se ele pudesse tentá-Lo a questionar Sua filiação e a duvidar da verdade das palavras faladas por Seu Pai, ganharia uma grande vitória. DT 49 2 Encontrou a Cristo no desolado deserto, sem companheiros, sem alimento, e sofrendo. O ambiente era o mais melancólico e repulsivo. Satanás sugeriu a Cristo que Deus não deixaria Seu Filho nesta condição de necessidade e sofrimento. Esperava abalar a confiança de Cristo em Seu Pai, o qual havia permitido que Ele chegasse a esta condição de extremo sofrimento no deserto, onde pés de homem algum já haviam pisado. Satanás ansiava poder insinuar dúvidas quanto ao amor do Pai pelo Filho, encontrando abrigo na mente de Cristo e sob a força do desespero e da fome extrema, Ele exerceria o poder miraculoso em Seu próprio favor, libertando-Se das mãos do Pai celeste. Isto, realmente, era uma tentação para Cristo. Mas Ele não a acalentou por um momento. Não duvidou por um instante sequer do amor do Pai celestial, ainda que alquebrado por inexprimível angústia. As tentações de Satanás, posto que preparadas com muita perícia, não abalaram a integridade do querido Filho de Deus. Sua confiança repousava em Seu Pai, e não podia ser abalada. ------------------------Capítulo 15 -- Não discutia com a tentação DT 50 1 Jesus não condescendeu em explicar ao Seu inimigo que Ele era o Filho de Deus e como tal, de que maneira devia agir. De modo insultuoso e escarnecedor Satanás se refere à presente fraqueza e aparência decaída de Cristo, em contraste com sua força e glória. Insultava a Cristo como sendo um representante muito pobre dos anjos, quanto menos de seu exaltado Comandante, o reconhecido Rei nas cortes reais, e que Sua presente aparência indicava que Ele estava esquecido de Deus e do homem. Disse que se Cristo fosse na verdade o Filho de Deus, o monarca do Céu, teria poder igual ao de Deus e deveria dar-lhe uma evidência disto aliviando Sua fome mediante a operação de um milagre, transformando em pão a pedra que estava aos Seus pés. Satanás prometeu que se Cristo fizesse isto, ele se submeteria imediatamente às Suas reivindicações de superioridade, e que a luta entre ele e Cristo terminaria para sempre. DT 50 2 Cristo não deu atenção às insinuações injuriosas de Satanás. Não Se sentiu provocado a dar-lhe provas de Seu poder, mas mansamente suportou os seus insultos sem retaliação. As palavras proferidas do Céu por ocasião do Seu batismo foram preciosas evidências para Ele de que Seu Pai aprovava as pegadas que Ele estava seguindo no plano da salvação, como substituto e fiador do homem. A abertura dos Céus e o descer da pomba celeste eram confirmações de que o Pai uniria Seu poder no Céu ao de Seu Filho na Terra, para socorrer o homem contra o domínio de Satanás, e de que Deus aceitara os esforços de Cristo para ligar a Terra ao Céu, e o homem finito ao infinito Deus. DT 51 1 Os sinais recebidos do Pai eram expressivamente preciosos para o Filho de Deus, ao longo de todos os Seus severos sofrimentos e o terrível conflito com o comandante rebelde. Enquanto suportava a prova de Deus no deserto e durante todo o Seu ministério, Ele não tinha nada a fazer para convencer a Satanás do Seu poder e de que Ele era o Salvador do mundo. Satanás tinha suficiente evidência de Sua exaltada posição. Sua má vontade em atribuir a Jesus a honra que Lhe era devida e manifestar submissão como um subordinado, desenvolveu-se em rebelião contra Deus e resultou em sua expulsão do Céu. DT 51 2 Não era parte da missão de Cristo exercer o Seu poder divino em Seu próprio benefício, para aliviá-Lo do sofrimento. Este Ele voluntariamente tomou sobre Si. Condescendeu em tomar a natureza humana e deveria sofrer as inconveniências, doenças e aflições da família humana. Não deveria operar milagres por Sua própria conta; veio para salvar os outros. O objetivo de Sua missão era trazer bênçãos, esperança e vida aos aflitos e opressos. Veio para carregar aflições e os fardos da humanidade sofredora. DT 52 1 Apesar de Cristo estar sofrendo os agudíssimos tormentos da fome, Ele resistiu à tentação. Expulsou a Satanás com a mesma passagem que Ele tinha dado a Moisés para reiterar ao rebelde Israel quando sua alimentação era escassa e eles clamavam por carne, no deserto: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus."18 Nesta declaração e também por Seu exemplo, Cristo mostrava ao homem que a fome por alimento material não era uma grande calamidade que pudesse derrubá-Lo. Satanás insinuou aos nossos primeiros pais que o comer do fruto que Deus proibira iria trazer-lhes grandes vantagens e os tornaria seguros contra a morte, justamente o oposto do que Deus lhes havia declarado: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás."19 Se Adão tivesse sido obediente, não teria conhecido a pobreza, a necessidade, nem a morte. DT 52 2 Se o povo que viveu antes do Dilúvio tivesse obedecido à Palavra de Deus, não teria perecido nas águas diluvianas. Se os israelitas tivessem obedecido à Palavra de Deus, Ele teria derramado sobre eles bênçãos especiais. Mas eles caíram, em conseqüência da condescendência com o apetite e paixão. Não foram obedientes à Palavra de Deus. A condescendência com o apetite pervertido os levou a numerosos e graves pecados. Se eles tivessem considerado primeiramente os reclamos de Deus e depois as suas necessidades físicas em submissão à escolha, por Deus, do alimento apropriado para eles, certamente nenhum deles teria sucumbido no deserto. Teriam sido estabelecidos na boa terra de Canaã, como um povo santo e feliz, sem nenhum indivíduo fraco em todas as suas tribos. DT 53 1 O Salvador do mundo tornou-Se pecado pela raça humana. Ao tornar-Se substituto do homem, não manifestou Seu poder como Filho de Deus, mas enfileirou-Se entre os filhos dos homens. Deveria suportar a prova da tentação como homem, em favor do homem, sob as mais probantes circunstâncias, e deixar um exemplo de fé e perfeita confiança em Seu Pai celestial. Cristo sabia que o Pai Lhe supriria alimento quando fosse para Sua glória. Nesta severa provação, quando a fome O pressionava além da medida, não diminuiria prematuramente uma partícula da prova que Lhe foi dada, exercendo o Seu divino poder. DT 53 2 O homem caído, quando colocado em apuros, não tem poder para operar milagres em seu próprio benefício, a fim de salvar-se a si mesmo da dor ou angústia, ou obter vitórias sobre seus inimigos. Era propósito de Deus testar e provar a raça humana e dar-lhe a oportunidade de desenvolver o caráter, levando-a freqüentemente a situações de prova, para testar sua fé e confiança no Seu amor e poder. A vida de Cristo era de uma conduta perfeita. Estava sempre ensinando ao homem, por Sua palavra e exemplo, que ele devia depender de Deus e que nEle deveria depositar sua fé e firme confiança. DT 54 1 Cristo sabia que Satanás é mentiroso desde o princípio e que requeria muito domínio próprio ouvir as proposições desse enganador insultante sem repreendê-lo imediatamente por causa de sua audaciosa presunção. Satanás estava na expectativa de que o Filho de Deus, em extrema fraqueza e agonia de espírito, dar-lhe-ia uma oportunidade para obter vantagens sobre Ele, provocando-O a empenhar-Se em controvérsia com ele. Deliberou perverter as palavras de Cristo e arrogar vantagem, buscando o auxílio dos anjos caídos a fim de usar todo o seu poder para prevalecer contra Ele e dominá-Lo. DT 54 2 O Salvador do mundo não tinha controvérsia com Satanás, já expulso do Céu porque não mais merecia ficar lá. Aquele que influenciou os anjos de Deus contra o Seu Supremo Governador e contra Seu Filho, o amado Comandante, e recrutou a simpatia deles para si mesmo, era capaz de qualquer engano. Por quatro mil anos ele tinha estado guerreando contra o governo de Deus e não perdera nada de sua habilidade ou poder para tentar e enganar. ------------------------Capítulo 16 -- Vitória por meio de Cristo DT 54 3 Sendo que o homem caído não podia vencer a Satanás na sua força humana, Cristo veio das cortes reais do Céu para ajudá-lo com Sua força humana e divina combinadas. Cristo sabia que Adão no Éden com suas vantagens superiores podia ter enfrentado as tentações de Satanás e tê-lo vencido. Igualmente sabia que não era possível ao homem fora do Éden, separado da luz e do amor de Deus desde a queda, resistir às tentações de Satanás na sua própria força. Para trazer esperança ao homem e salvá-lo da completa ruína, Ele humilhou-Se a ponto de tomar a natureza humana, combinando o Seu poder divino com o humano, a fim de que pudesse alcançar o homem onde ele estava. Ele obteve para os caídos filhos e filhas de Adão a força, que por si mesmos é impossível obter, mas em Seu nome poderiam vencer as tentações de Satanás. DT 55 1 O exaltado Filho de Deus, ao assumir a humanidade, aproximou-Se do homem, ficando como o Substituto do pecador. Identificou-Se com os sofrimentos e aflições dos homens. Foi tentado em todos os pontos como o homem é tentado, para que pudesse socorrer àqueles que seriam tentados. Cristo venceu em lugar do pecador. DT 55 2 Jacó, na noite de sua visão, contemplou a Terra ligada ao Céu por uma escada que alcançava o trono de Deus. Ele viu os anjos de Deus, vestidos com vestimentas de brilho celestial, descendo do Céu e subindo ao Céu nessa luminosa escada. O pé da escada repousava na Terra, enquanto o seu topo alcançava o mais alto dos Céus, tocando no trono de Jeová. O brilho do trono de Deus irradiava pela escada abaixo e refletia uma luz de glória inexprimível sobre a Terra. Esta escada representava a Cristo, que abriu a comunicação entre a Terra e o Céu. DT 56 1 Na humilhação de Cristo, Ele desceu às mais profundas misérias humanas, em simpatia e compaixão pelo homem caído, que era representado por Jacó, num dos lados da escada, que tocava a Terra, enquanto o topo da escada, que alcançava o Céu, representava o poder divino de Cristo segurando o Infinito, e assim unia a Terra ao Céu e o homem finito ao infinito Deus. Através de Cristo a comunicação está aberta entre Deus e o homem. Anjos podem ir e vir do Céu à Terra, com mensagens de amor ao homem caído, e ajudar aqueles que herdarão a salvação. É através de Cristo, unicamente, que os mensageiros celestes assistem aos homens. DT 56 2 Adão e Eva, no Éden, foram colocados sob circunstâncias bem favoráveis. Tinham o privilégio da comunhão com Deus e os anjos. Estavam livres da condenação do pecado. A luz de Deus e dos anjos estava com eles e ao redor deles. O Autor da vida era o seu professor. Mas eles caíram sob o poder e tentações do manhoso inimigo. Por quatro mil anos Satanás tinha trabalhado contra o governo de Deus e obtivera força e experiência de tal prática. DT 56 3 Os homens caídos não tinham as vantagens de Adão no Éden. Tinham estado separados de Deus por quatro mil anos. A sabedoria para entender e o poder para resistir às tentações de Satanás tinham-se tornado cada vez menores. Até parecia que Satanás reinava triunfantemente sobre a Terra. O apetite e a paixão, o amor ao mundo e os pecados insolentes foram as grandes ramificações do mal, das quais cresceram muitas espécies de crime, violência e corrupção. Satanás foi vencido no seu objetivo de dominar a Cristo consoante ao apetite. E aqui, no deserto, Cristo alcançou a vitória em favor da raça humana, justamente no ponto do apetite, tornando possível ao homem, no tempo futuro, em Seu nome, vencer a força do apetite em seu próprio benefício. ------------------------Capítulo 17 -- A segunda tentação DT 57 1 Satanás, porém, não estava disposto a cessar os seus esforços até tentar todos os meios para obter a vitória sobre o Redentor do mundo. Sabia que tudo estava em jogo: seria ele ou Cristo o vitorioso na luta. Para intimidar a Cristo com sua força superior, ele O levou a Jerusalém e O colocou sobre o pináculo do templo, continuando a assediá-Lo com tentações. De novo exigiu de Cristo que se Ele na verdade fosse o Filho de Deus, desse-lhe evidência disto, lançando-Se da vertiginosa altura sobre a qual Ele fora colocado. Instigou Cristo a mostrar Sua confiança no cuidado preservador do Pai, atirando-Se do pináculo do templo. DT 57 2 Na primeira tentação de Satanás quanto à questão do apetite, ele tentou insinuar dúvidas com respeito ao amor de Deus e ao cuidado por Cristo como Seu Filho, apresentando o ambiente e Sua fome como evidência de que Ele não tinha o favor de Deus. Nisto não obteve êxito. A próxima tentativa, a fim de tirar vantagem da fé e perfeita confiança que Cristo tinha demonstrado no Pai celestial, impelira-O à presunção: "Se és Filho de Deus, atira-Te abaixo, porque está escrito: Aos Seus anjos ordenará a Teu respeito que Te guardem; eles Te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra."20 Jesus prontamente respondeu: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus."21 ------------------------Capítulo 18 -- O pecado da presunção DT 58 1 O pecado da presunção jaz ao lado da virtude da fé perfeita e da confiança em Deus. Satanás se gabava de que poderia ter vantagem sobre a humanidade de Cristo, insistindo com Ele que passasse da fé para a presunção. Neste ponto muitas almas já caíram. Satanás tentou enganar a Cristo através da lisonja. Admitia que Ele estava correto no deserto, tendo fé e confiança de que Deus era Seu Pai, mesmo sob circunstâncias probantes. Então intimou Cristo a dar-lhe uma prova adicional de Sua inteira dependência de Deus, mais uma evidência de fé de que Ele era o Filho de Deus, atirando-Se do templo. Disse a Cristo que se Ele realmente fosse o Filho de Deus não tinha nada a temer, porque anjos estariam ali para ampará-Lo. Satanás dava evidências de que conhecia as Escrituras pelo uso que fez delas. DT 58 2 O Redentor do mundo não vacilou de Sua integridade, e mostrou que Ele tinha perfeita fé no cuidado prometido por Seu Pai. Não levaria a fidelidade e o amor do Pai a um julgamento desnecessário, apesar de estar nas mãos de um inimigo e colocado numa posição de extrema dificuldade e perigo. Não iria tentar presunçosamente a Deus a que agisse em Sua providência por sugestão de Satanás. Satanás extraiu das Escrituras aquilo que parecia apropriado para a ocasião, esperando conseguir seus intentos fazendo aplicação ao Salvador naquele momento especial. DT 59 1 Cristo sabia que Deus realmente O sustentaria se Ele Lhe tivesse ordenado atirar-Se do pináculo do templo. Mas fazer isto sem ser mandado, tentando o protetor cuidado e o amor do Pai, porque Satanás O desafiara a fazer tal coisa, não mostraria a força de sua fé! Pois Satanás sabia muito bem que se Cristo prevalecesse e sem ser ordenado pelo Pai, saltasse do templo para provar a Sua assertiva do cuidado protetor do Pai celeste, justamente neste ato estaria mostrando a fraqueza de Sua natureza humana. DT 59 2 Cristo saiu vitorioso da segunda tentação. Manifestou perfeita confiança e fé no Pai durante Seu severo conflito com o poderoso inimigo. Nosso Redentor, na vitória aqui obtida, deixou para o homem um exemplo perfeito, mostrando-lhe confiança e inabalável fé em Deus, nas provas e perigos. Ele recusou prevalecer sobre a misericórdia do Pai, colocando-Se em perigo, obrigando o Pai celeste a demonstrar Seu poder para salvá-Lo do perigo. Isto forçaria a providência em Seu favor e Ele não deixaria para Seu povo um exemplo perfeito de fé e firme confiança em Deus. DT 60 1 O objetivo de Satanás ao tentar a Cristo era levá-Lo à presunção audaciosa, mostrando a fraqueza humana que impediria fosse um perfeito modelo para Seu povo. Pensava que se Cristo falhasse em suportar o teste de suas tentações, não poderia haver redenção para a raça humana e o seu poder sobre ela seria completo. ------------------------Capítulo 19 -- Cristo nossa esperança e exemplo DT 60 2 A humilhação e agonizantes sofrimentos de Cristo no deserto da tentação foram em favor da raça humana. Tudo em Adão foi perdido pela transgressão. A única esperança de ser o homem restaurado ao favor de Deus era através de Cristo. O homem se separou de Deus a tão grande distância pela transgressão de Sua lei, que não podia humilhar-se diante de Deus em nenhum grau proporcional à magnitude do seu pecado. O Filho de Deus podia compreender totalmente a gravidade do pecado do transgressor e em Seu caráter sem pecado, unicamente Ele poderia oferecer pelo homem uma expiação aceitável, suportando o sofrimento agonizante do desprazer do Pai. A tristeza e angústia do Filho de Deus pelos pecados do mundo foram proporcionais à Sua excelência e pureza divinas, bem como à magnitude da ofensa. DT 60 3 Cristo foi nosso exemplo em todas as coisas. Ao vermos Sua humilhação na longa prova e jejum, a fim de vencer a tentação do apetite em nosso benefício, devemos aprender a vencer quando formos tentados. Se o poder do apetite é tão forte sobre a família humana e sua condescendência é tão temível que o Filho de Deus Se submeteu a tal teste, quão importante é que sintamos a necessidade de manter o apetite sob o controle da razão! Nosso Salvador jejuou aproximadamente seis semanas a fim de que pudesse ganhar para o homem a vitória sobre o apetite. Como pode um professo cristão, tendo uma consciência esclarecida e tendo a Cristo diante de si como seu exemplo, submeter-se à condescendência com o apetite, que tem debilitado a mente e o corpo? É fato doloroso que hábitos de satisfação própria às expensas da saúde e poder moral, estão atualmente jogando grande parte do mundo cristão nos laços da escravidão. DT 61 1 Muitos que professam piedade não examinam razoavelmente o longo período de jejum e sofrimentos de Cristo no deserto. Sua angústia não era tanto pela terrível fome, mas pelo senso do resultado penoso da condescendência com o apetite e paixão, sobre a raça humana. Ele sabia que o apetite seria o ídolo do homem e o levaria a se esquecer de Deus, colocando-se diretamente no caminho de sua salvação. DT 61 2 Nosso Salvador mostrou perfeita confiança de que Seu Pai celestial não iria deixá-Lo sofrer a tentação acima do que Ele poderia, dando-Lhe força para suportar; e dar-Lhe-ia a vitória se Ele pacientemente enfrentasse a tentação a que estava sujeito. Cristo não colocou a própria vontade em perigo. Deus tolerou que Satanás por algum tempo tivesse este poder sobre Seu Filho. Jesus sabia que se Ele preservasse Sua integridade nesta posição de extrema provação, um anjo de Deus seria enviado para aliviá-Lo, se não houvesse outra maneira. Ele tomou a natureza humana e foi o representante da humanidade. ------------------------Capítulo 20 -- A terceira tentação DT 62 1 Satanás viu que ele não prevaleceu em nada contra Cristo na sua segunda grande tentação. "Levou-O ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e Lhe disse: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares."22 DT 62 2 Nas duas primeiras grandes tentações Satanás não havia revelado seus verdadeiros propósitos ou seu caráter; ele afirmava ser um mensageiro exaltado das cortes do Céu, mas agora tira seu disfarce. Apresentou a Cristo todos os reinos do mundo na mais atrativa luz, enquanto se dizia ser o príncipe deste mundo. DT 62 3 Esta última tentação era a mais persuasiva das três. Satanás sabia que a vida de Cristo deveria ser de tristeza, agruras e conflito. Ele pensou que poderia aproveitar-se deste fato para subornar Cristo a renunciar à Sua integridade. Satanás usou toda a sua força nesta última tentação, pois este último esforço iria decidir seu destino, quem seria vitorioso. Ele afirmava que o mundo era seu domínio e que ele era o príncipe das potestades do ar. DT 63 1 Levou Jesus ao topo de um monte muito alto e apresentou-Lhe uma visão panorâmica de todos os reinos do mundo, que por muito tempo tinham estado sob seu domínio e os ofereceu a Ele como uma grande dádiva. Disse a Cristo que Ele poderia apossar-Se de todos estes reinos, sem sofrimento ou perigo. Satanás prometeu ceder o seu cetro e domínio e fazer de Cristo o governante de direito por apenas um só favor dEle. Tudo que ele queria em retorno por entregar-Lhe todos os reinos do mundo naquele dia apresentados diante dEle, é que Cristo deveria prestar-lhe homenagem como a um superior. DT 63 2 Os olhos de Jesus repousaram por um momento sobre a glória apresentada diante dEle; voltou-Se, porém, recusando continuar a olhar para o fascinante espetáculo. Não iria danificar Sua leal integridade perdendo tempo com o tentador. Quando Satanás solicitou a homenagem divina de Cristo, despertou-se-Lhe a indignação e Ele não pôde mais tolerar sua presunção profana nem mesmo permitir-lhe que permanecesse na Sua presença. Aqui, Cristo exerceu Sua autoridade divina e ordenou que Satanás desistisse. "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto."23 DT 63 3 Satanás, em seu orgulho e arrogância, havia declarado ser ele o governante do mundo por direito permanente, o possuidor de todas as suas riquezas e glórias, exigindo homenagem dos seus seres viventes, como se ele tivesse criado o mundo e todas as coisas que nele existem. Disse a Cristo: "Dar-Te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser."24 Procurou fazer um contrato especial com Cristo, ordenando que Ele o adorasse. DT 64 1 Este insulto ao Criador levou a indignação do Filho de Deus a repreendê-lo e expulsá-lo. Satanás jactou-se de haver escondido seu verdadeiro caráter e propósito na primeira tentação, de tal modo que Cristo não o reconheceu como o chefe rebelde caído que Ele já havia derrotado e expulso do Céu. As palavras de Cristo: "Retira-te Satanás", evidenciaram que ele fora reconhecido desde a primeira tentação, e toda a sua habilidade não teve nenhum êxito sobre o Filho de Deus. Satanás sabia que se Cristo tivesse de morrer para redimir o homem, seu poder terminaria após algum tempo e ele seria destruído. Assim sendo, era seu estudado plano impedir, se possível, a consumação do grande trabalho que foi começado pelo Filho de Deus. Se o plano da redenção do homem falhasse, ele reteria o reino que então reclamava e, se fosse bem-sucedido, regozijava-se de que reinaria em oposição ao Deus do Céu. DT 64 2 Quando Jesus deixou o Céu, deixando lá o Seu poder e glória, Satanás exultou. Pensou que o Filho de Deus fora colocado sob seu poder. A tentação ao santo par no Éden fora tão fácil que ele esperava que com sua satânica astúcia e poder venceria até mesmo o Filho de Deus e salvaria sua vida e seu reino. Se ele pudesse tentar Jesus a afastar-Se da vontade de Deus, como fez na sua tentação a Adão e Eva, então seu objetivo seria alcançado. DT 65 1 Estava prestes a vir o tempo em que Jesus redimiria a possessão de Satanás, dando Sua própria vida; e depois de algum tempo tudo no Céu e na Terra se submeteria a Ele. Foi fiel. Escolheu uma vida de sofrimento, uma ignominiosa morte e, da maneira apontada pelo Pai, tornar-Se-ia o governador legítimo dos reinos da Terra, tendo-os nas mãos como possessão para sempre. Satanás também seria colocado em Suas mãos para ser destruído pela morte e nunca mais molestar a Jesus e aos santos na glória. DT 65 2 Disse Jesus a este vil inimigo: "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto."25 Satanás havia desafiado Cristo a mostrar-lhe evidência de que Ele era o Filho de Deus, e agora tinha a prova que pedira. Foi compelido a obedecer à ordem divina. Foi repelido e silenciado. Não teve poder para resistir ao positivo repúdio. Foi repelido instantaneamente, sem uma palavra de resistência, desistindo e deixando o Redentor do mundo. DT 65 3 A presença odiosa de Satanás foi afastada. A luta estava terminada. Com inexprimível sofrimento, a vitória de Cristo no deserto foi tão completa como fora a queda de Adão. Por um espaço de tempo Ele Se livrou da presença do Seu poderoso adversário e de suas legiões de anjos. ------------------------Capítulo 21 -- Término da tentação de Cristo DT 66 1 Depois de haver Satanás terminado suas tentações, ele deixou Jesus por um pouco de tempo. O inimigo foi derrotado, mas o conflito fora longo e excessiva a prova, e Cristo estava exausto e fraco. Caiu ao chão como se fosse morrer. Anjos dos Céus que se haviam curvado diante dEle nas cortes reais, e que com intenso e doloroso interesse presenciaram o terrível confronto, e como Ele enfrentou a Satanás, agora vieram para servi-Lo. Prepararam-Lhe alimento e O fortaleceram, pois Ele jazia como morto. DT 66 2 Os anjos estavam cheios de espanto e admiração ao acompanhar os inexprimíveis sofrimentos do Redentor do mundo a fim de obter a redenção do homem. Aquele que era igual a Deus nas cortes reais, estava diante deles enfraquecido pelo jejum de aproximadamente seis semanas. Solitário, foi perseguido pelo chefe rebelde que havia sido expulso do Céu. Suportou a mais severa prova a que alguém já foi submetido. A luta contra o poder das trevas foi longa, e a natureza humana de Cristo a experimentou intensamente em Sua condição de fraqueza e sofrimento. Os anjos trouxeram-Lhe mensagens de amor e conforto, provenientes do Pai, bem como a certeza de que todo o Céu triunfou na vitória completa que Ele ganhou em favor do homem. DT 66 3 O custo da redenção da raça humana nunca poderá ser completamente compreendido, até que os redimidos estejam em pé diante do Redentor, ao lado do trono de Deus. Ao ter eles capacidade para apreciar o valor da vida imortal e da recompensa eterna, avolumarão o cântico de vitória e imortal triunfo, "proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então ouvi que toda criatura", disse João, "que há no Céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos."26 DT 67 1 Apesar de Satanás ter falhado nos seus mais fortes esforços e mais poderosas tentações, não desistiu de toda esperança de que nalgum futuro próximo seria bem-sucedido em seus esforços. Olhava para um período adiante no ministério de Cristo, quando teria oportunidades de tentar seus artifícios contra Ele. Satanás planejou cegar a compreensão dos judeus, povo escolhido de Deus, para que eles não discernissem em Cristo o Salvador do mundo. Pensou que poderia encher-lhes o coração de inveja, ciúme e ódio contra o Filho de Deus, a ponto de que não O recebessem mas tornassem a Sua vida na Terra a mais amarga possível. DT 68 2 Satanás convocou um concílio de seus anjos, a fim de decidirem que curso deveriam seguir para impedir que o povo tivesse fé em Cristo como o Messias que os judeus por tão longo tempo haviam esperado ansiosamente. Ficou desapontado e enraivecido porque em nada prevaleceu contra Jesus, nas diferentes maneiras de tentações no deserto. Pensava que se pudesse inspirar o coração do próprio povo de Cristo a descrer de que Ele era o Prometido, poderia desencorajar a Jesus na Sua missão e assegurar os judeus como agentes na execução dos seus propósitos. DT 68 1 Satanás se aproxima do homem como um anjo de luz, tentando-o, como fez com Cristo. Tem atuado para levar o homem a uma condição de fraqueza física e moral, de maneira que possa facilmente dominá-lo e então triunfar sobre sua ruína. E tem sido bem-sucedido em tentar o homem a condescender com o apetite, a despeito do resultado. Sabe muito bem que é impossível ao homem desincumbir-se de suas obrigações para com Deus e seus semelhantes enquanto enfraquece as faculdades que Deus lhe deu. O cérebro é a capital do corpo. Se as faculdades perceptivas forem entorpecidas por qualquer espécie de intemperança, as coisas eternas não serão discernidas. ------------------------Capítulo 22 -- Temperança cristã DT 68 2 Deus não dá permissão ao homem para violar as leis de seu ser. Mas o homem, cedendo às tentações de Satanás quanto à condescendência com a intemperança, põe suas mais altas faculdades em sujeição aos apetites e paixões animalescas, e quando isto ganha a ascendência, o homem, que foi criado um pouco menor do que os anjos, com faculdades suscetíveis à mais alta cultura, entrega-se ao controle de Satanás. Este ganha facilmente acesso àquele que está preso ao apetite. Através da intemperança, alguns sacrificam a metade e outros, dois terços do seu poder físico, mental e moral, e tornam-se joguetes nas mãos do inimigo. DT 69 1 Aqueles que querem ter mente clara para discernir os engodos de Satanás devem ter o apetite físico sob o domínio da razão e da consciência. A ação moral e vigorosa dos altos poderes da mente é essencial ao aperfeiçoamento do caráter cristão; e a força ou a fraqueza da mente tem muito a ver com a nossa atitude e utilidade neste mundo, e com a salvação final. É deplorável a ignorância que tem prevalecido concernente à lei de Deus em nossa natureza física. A intemperança de qualquer espécie é uma violação das leis do nosso ser. A imbecilidade está prevalecendo em uma proporção assustadora. O pecado se torna atraente, revestido por uma luz, e Satanás se alegra muito quando pode reter o mundo cristão em seus hábitos diários, sob a tirania do costume, como os pagãos, permitindo ser governado pelo apetite. DT 69 2 Se homens e mulheres inteligentes tiverem suas faculdades morais entorpecidas pela intemperança de qualquer espécie, estarão, em muitos de seus hábitos, muito pouco acima dos pagãos. Satanás está constantemente atraindo pessoas da luz salvífica para o costume e a moda, sem consideração para com a saúde física, mental e moral. O grande inimigo sabe que se predominarem a paixão e o apetite, a saúde do corpo e a força do intelecto serão sacrificadas no altar da satisfação própria, e o homem acelerará sua ruína. Se um intelecto erudito segurar suas rédeas, controlando as propensões animalescas e conservando-as em sujeição às faculdades morais, Satanás sabe muito bem que é pequena sua possibilidade de vencer a tentação. DT 70 1 Em nossos dias fala-se da Idade Média e se orgulham do progresso. Com este progresso, porém, impiedade e crime não diminuem. Deploramos a ausência da simplicidade natural e o aumento da tentação artificial. Saúde, força, beleza e longevidade, que eram comuns na chamada "Idade Média" são agora raros. Quase tudo que é desejável sacrifica-se para satisfazer às demandas da vida que segue a moda. DT 70 2 Grande parte do mundo cristão não tem o direito de se chamar cristãos. Seus hábitos, suas extravagâncias e o cuidado do corpo em geral constituem uma violação das leis da saúde e se opõem ao ensino da Bíblia. Estão se preparando no decurso da vida para o sofrimento físico e a fraqueza mental e moral. DT 70 3 Através de seus enganos, Satanás, em muitos casos, tem tornado a vida doméstica cheia de complicações, com o intuito de satisfazer às demandas da moda. Fazendo isto, seu propósito é conservar a mente tão ocupada com as coisas da vida que não possa dar um pouco de atenção ao que é de maior interesse. A intemperança no comer e no vestir tem absorvido tanto a mente do mundo cristão que não tem tempo para se tornar inteligente no tocante às leis da vida, obedecendo-lhes. Professar o nome de Cristo pouco significa se a vida não corresponde à vontade de Deus, revelada em Sua Palavra. DT 71 1 No deserto da tentação Cristo venceu o apetite. O Seu exemplo de abnegação e de domínio próprio quando sofreu a atormentadora ânsia da fome, é uma censura ao mundo cristão, por sua dissipação e glutonaria. Gasta-se atualmente nove vezes mais dinheiro na satisfação do apetite, na condescendência com a insensata e danosa luxúria, do que é dado para o avançamento do evangelho de Cristo. DT 71 2 Estivesse Pedro hoje na Terra, exortaria os professos seguidores de Cristo a abster-se da luxúria carnal que guerreia contra a alma. Paulo convocaria as igrejas em geral para purificar-se "de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus".27 E Cristo expulsaria do templo aqueles que estão contaminados pelo uso do fumo, poluindo o santuário de Deus com sua respiração tabaquista. Diria a estes adoradores o que disse aos judeus: "A Minha casa será chamada casa de oração para todas as nações; vós, porém, a tendes transformado em covil de salteadores."28 Diria a tais pessoas que suas ofertas profanas, expelidas de pedaços de fumo, contaminam o templo e aborrecem a Deus. Seu culto não é aceitável porque o corpo, que deveria ser o templo do Espírito Santo, está contaminado. Você também rouba o tesouro de Deus em milhares de dólares, através da condescendência com o apetite desnaturado. Se víssemos a norma da virtude e a exaltada piedade, como cristãos, teríamos um trabalho a desenvolver, por nós individualmente, para controlar o apetite, a condescendência que neutraliza a força da verdade e enfraquece o poder moral para resistir e vencer a tentação. Como seguidores de Cristo devemos agir por princípio no comer e no beber. Se obedecêssemos à injunção do apóstolo: "Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus",29 milhares de dólares que agora são sacrificados no altar maléfico da luxúria, afluiriam para o tesouro do Senhor, multiplicando as publicações em diferentes línguas, para serem espalhadas como folhas do outono. Missões seriam estabelecidas em outras nações e então os seguidores de Cristo, na verdade, seriam a luz do mundo. DT 72 1 O adversário das almas está trabalhando nestes últimos dias com grande poder, como nunca antes, para conseguir arruinar o homem através da condescendência com o apetite e as paixões. Muitos dos que estão presos sob o poder escravizante do apetite, são professos seguidores de Cristo. Professam adorar a Deus, ao passo que o apetite é o seu deus. Seus desejos desnaturados por estas condescendências, não são controlados pela razão ou juízo. Os que são escravos do fumo, verão a família sofrer as inconveniências da vida e a necessidade de alimento. Contudo, não têm força de vontade para renunciar ao fumo. Os clamores do apetite prevalecem sobre a tendência natural e esta paixão animalesca os domina. A causa do Cristianismo, e mesmo da humanidade, de modo algum seria sustentada se dependesse daqueles que habitualmente usam fumo e bebidas alcoólicas. Se tivessem recursos para usar numa só direção, a tesouraria de Deus não seria reabastecida, mas eles teriam seu fumo e bebidas alcoólicas. A fim de idolatrar o fumo não dirão "não" ao apetite pela causa de Deus. DT 73 1 É impossível que essas pessoas reconheçam as reivindicações e a santidade da lei de Deus, porque seu cérebro e nervos estão amortecidos pelo uso destes narcóticos. Não podem avaliar a preciosidade da expiação e apreciar a vida imortal. A condescendência com a luxúria carnal guerreia contra a alma. O apóstolo dirige-se aos cristãos numa linguagem bem impressiva: "Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus."30 Se o corpo é saturado pela bebida alcoólica e contaminado pelo fumo, não é santo e aceitável a Deus. Satanás sabe que não pode ser, e justamente por isto leva suas tentações no tocante ao apetite, escravizando-nos nesta propensão e levando-nos à ruína. DT 73 2 Os sacrifícios dos judeus eram todos examinados com bastante cuidado, para ver se não tinham nenhum defeito ou alguma doença ou qualquer impureza, o que era motivo suficiente para serem rejeitados pelo sacerdote. As ofertas deviam ser perfeitas e valiosas. O apóstolo tinha em vista os requisitos de Deus quanto as ofertas dos judeus, quando ele, de maneira muito enérgica, apelava aos irmãos para apresentarem o corpo em sacrifício vivo. Não uma oferta enfermiça ou estragada, mas um sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus. DT 74 1 Quantos chegam à casa de Deus com fraquezas, e quantos vêm contaminados pela condescendência com o próprio apetite! Aqueles que se têm degradado por hábitos errôneos, quando se reúnem para cultuar a Deus, oferecem as emanações do seu corpo doentio, tornando-se fastidiosos aos que os cercam. Como isto deve ser ofensivo diante de um Deus puro e santo! DT 74 2 Uma grande proporção de todas as enfermidades que afligem a família humana são resultado de seus próprios hábitos errôneos, por causa da ignorância voluntária ou da desconsideração para com a luz que Deus tem dado em relação às leis do seu ser. Não nos é possível glorificar a Deus enquanto vivemos em violação das leis da vida. O coração não pode, possivelmente, manter consagração a Deus enquanto se condescende com o apetite. Um corpo enfermiço e um intelecto em desordem por causa da condescendência contínua com uma danosa concupiscência, torna impossível a santificação do corpo e do espírito. O apóstolo compreendia a importância das condições saudáveis do corpo para o êxito perfeito do caráter cristão. Ele disse: "Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado."31 Menciona a temperança entre os frutos do Espírito. "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com suas paixões e concupiscências."32 DT 75 1 Homens e mulheres cedem ao apetite, às expensas da saúde e do poder intelectual, de tal maneira que não podem apreciar o plano da salvação. Que apreciação podem ter da tentação de Cristo no deserto e da vitória que Ele ganhou sobre o apetite? É-lhes impossível ter uma visão sublime de Deus, e reconhecer os reclamos de Sua lei. Os professos seguidores de Cristo se esquecem do grande sacrifício feito por Ele em seu favor. A Majestade do Céu, a fim de pôr a salvação ao seu alcance, foi atingida, esmagada e aflita. Ele Se tornou um varão de tristeza e inteirado na aflição. No deserto da tentação Ele resistiu a Satanás, apesar de o tentador estar disfarçado com as vestimentas do Céu. Cristo, ao ser submetido a um grande sofrimento físico, recusou ceder num simples ponto, não obstante o mais jactancioso induzimento já apresentado para suborná-Lo e influenciá-Lo a renunciar à Sua integridade. Toda esta honra, toda esta riqueza e glória, disse o enganador, Te darei se somente reconheceres minhas exigências.33 DT 75 2 Cristo ficou firme. Que seria, agora, da salvação da raça humana se Cristo fosse fraco em poder moral, como o homem? Não é de admirar que o Céu se enchesse de alegria quando o principal anjo caído deixou o deserto da tentação como um inimigo derrotado! Cristo tem o poder do Pai para dar Sua graça divina e força ao homem, tornando-nos possível a vitória por meio do Seu nome. Há poucos professos seguidores de Cristo que escolhem empenhar-se com Ele na tarefa de resistir às tentações de Satanás como Ele resistiu e venceu. DT 76 1 Cristãos professos que gostam de divertimentos, prazeres e banquetes, não podem apreciar o conflito de Cristo no deserto. O exemplo do Senhor em vencer a Satanás, fica perdido para eles. Esta vitória infinita, que Cristo alcançou para eles no plano da salvação, é sem sentido. Não têm interesse especial na maravilhosa humilhação de nosso Salvador, e na angústia e sofrimentos que suportou pelo homem pecador enquanto Satanás O pressionava com suas diferentes tentações. A cena da provação de Cristo no deserto era o fundamento do plano da salvação, dando ao homem caído as chaves, por meio das quais, em nome de Cristo, pode vencer. DT 76 2 Muitos cristãos professos olham para esta parte da vida de Cristo como se fosse uma guerra comum entre dois reis, não tendo nada de especial sobre a própria vida e caráter. Assim a maneira da luta e a maravilhosa vitória ganha, têm muito pouco significado para eles. As faculdades da percepção estão embotadas pelas artimanhas de Satanás, de maneira que não podem discernir que aquele que afligiu a Cristo no deserto e determinou privá-Lo de Sua integridade como o Filho do Infinito, será seu adversário até ao fim dos tempos. Apesar de ter falhado em vencer a Cristo, seu poder sobre o homem não está enfraquecido. Todos estão pessoalmente expostos às tentações que Cristo venceu, mas a força é provida para todos no poderoso nome do grande Conquistador. Todos devem, por si mesmos, vencer individualmente. Muitos caem nas mesmíssimas tentações com as quais Satanás assaltou a Cristo. DT 77 1 Apesar de ter Cristo ganho uma vitória incalculável em favor do homem, vencendo as tentações de Satanás no deserto, esta vitória não lhe será de nenhum benefício, a menos que ele também ganhe a vitória por sua própria conta. DT 77 2 O homem tem agora uma vantagem sobre Adão, nesta guerra contra Satanás, porque tem a experiência de Adão na desobediência e sua conseqüente queda para alertá-lo a afastar-se de seu exemplo. O homem também tem o exemplo de Cristo ao vencer o apetite e as diversas tentações de Satanás, derrotando o poderoso inimigo em todos os pontos e saindo vitorioso em cada provação. Se o homem tropeçar e cair sob as tentações de Satanás, não terá escusas porque ele tem a desobediência de Adão para alertá-lo e a vida do Redentor do mundo como um exemplo de obediência e resignação, bem como a promessa de Cristo de que "ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também Eu venci, e Me sentei com Meu Pai no Seu trono".34 ------------------------Capítulo 23 -- Condescendência própria disfarçada de religião DT 77 3 Cristãos professos tomam parte em festividades e cenas de divertimentos que degradam a religião de Jesus Cristo. É impossível que estes que desfrutam das numerosas reuniões sociais e festivas da igreja somente por prazer, tenham um amor ardente e sagrada reverência por Jesus. Suas palavras de alerta e instruções não têm nenhuma repercussão na sua mente. Deveria Cristo vir a essas reuniões que são absorvidas em brincadeiras e divertimentos frívolos, onde a melodia solene de Sua voz fosse ouvida em bênção, dizendo: "Paz esteja nesta casa"? Como poderia o Salvador do mundo alegrar-Se com cenas de divertimento e leviandade? DT 78 1 Os cristãos e o mundo unem-se em um coração e espírito nestas ocasiões de festas. O Varão de Dores, que experimentou as angústias, não será bem-vindo nestes lugares de diversão. Os amantes do prazer e da suntuosidade, imprudentes e frívolos, ajuntam-se nos salões e o esplendor e os enfeites da moda são vistos por todos os lados. Os ornamentos das cruzes de ouro e pérola, que representam o Redentor crucificado, adornam as pessoas. Mas Aquele que estas jóias altamente preciosas representam não tem valor e não é bem-vindo nas reuniões. Sua presença seria um constrangimento em suas hilaridades e divertimentos sensuais, lembrando-os do dever negligenciado e trazendo-lhes à lembrança pecados ocultos que Lhe produziram semblante pesaroso e olhos tristes e lacrimosos. DT 78 2 A presença de Cristo seria positivamente dolorosa nestes ambientes de prazer. Certamente ninguém O convidaria para lá, porque Seu semblante está assinalado por tristeza maior do que a dos filhos dos homens, por causa destes divertimentos que tiram Deus da mente e tornam a estrada atraente para o pecador. Os encantamentos destas cenas excitantes pervertem a razão e destroem a reverência pelas coisas sagradas. Ministros que professam ser representantes de Cristo, freqüentemente lideram estes divertimentos frívolos. "Vós sois", disse Cristo, "a luz do mundo. ... Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus."35 De que maneira a luz da verdade brilha daquele que é fútil e só busca o prazer? Os professos seguidores de Cristo que cedem ao divertimento e às festividades não podem ser participantes dos sofrimentos de Cristo. Não têm nenhum senso dos Seus sofrimentos. Não têm interesse em meditar sobre desprendimento e sacrifício. Têm pouco interesse em estudar sobre estes pontos que assinalam a história da vida de Cristo, sobre os quais repousa o plano da salvação, mas imitam o antigo Israel, que comeu e bebeu e levantou-se para divertir-se. A fim de copiar corretamente um modelo, devemos estudar cuidadosamente o seu desenho. Se realmente devemos vencer como Cristo venceu, devemos misturar-nos na companhia dos que são santificados e glorificados diante do trono de Deus. É da mais alta importância que estejamos familiarizados com a vida de nosso Redentor e que neguemos a nós mesmos como fez Cristo. Devemos enfrentar as tentações e transpor obstáculos através de labutas e sofrimentos e, em nome de Jesus, vencer como Ele venceu. DT 80 1 A grande tentação de Jesus no deserto quanto ao apetite visava deixar ao homem um exemplo de desprendimento. Este prolongado jejum tinha em vista convencer os homens quanto à pecaminosidade das coisas às quais o professo cristão cede. A vitória que Cristo ganhou no deserto visava mostrar ao homem a pecaminosidade das coisas em que eles têm tido tanto prazer. A salvação do homem estava na balança, para ser decidida pela tentação de Cristo no deserto. Se Cristo saísse vitorioso sobre o apetite, então haveria a possibilidade do homem, de vencer. Se Satanás ganhasse a vitória através de sua sutileza, o homem estaria escravizado ao poder do apetite, numa cadeia de condescendência sobre a qual não teria poder moral para quebrá-la. Unicamente a natureza humana de Cristo nunca poderia ter suportado este teste, mas Seu poder divino combinado com a natureza humana ganhou a vitória infinita em favor do homem. Nosso representante nesta vitória levantou a humanidade na escala de valor moral diante de Deus. DT 80 2 Os cristãos que compreendem o mistério de piedade, que têm um alto e sagrado senso da expiação, que reconhecem nos sofrimentos de Cristo no deserto uma vitória ganha para eles, verão tão assinalado contraste entre estas coisas e as reuniões da igreja em busca de prazeres e condescendência com o apetite, que se voltariam com desgosto destas cenas de festanças. Os cristãos deveriam fortalecer-se grandemente comparando honesta e freqüentemente sua vida com a verdadeira norma, a vida de Cristo. As numerosas reuniões sociais, festivais e piqueniques* que constituem uma tentação ao apetite exagerado e aos divertimentos, os quais levam à leviandade e ao esquecimento de Deus, não podem encontrar sanções no exemplo de Cristo, o Redentor do mundo, o único padrão seguro que o homem deve copiar se deseja vencer como fez Cristo. DT 81 1 Apresentamos a norma infalível para todos os cristãos. Disse Cristo: "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus."36 DT 81 2 A luz do Céu deve ser refletida ao mundo através dos seguidores de Cristo. É obra vitalícia dos cristãos dirigir a mente dos pecadores a Deus. A vida do cristão deve despertar no coração dos mundanos uma visão mais elevada da pureza da religião cristã. Isto fará dos crentes o sal da Terra, o poder salvífico no mundo; porque um caráter cristão bem desenvolvido é harmonioso em todas as suas partes. DT 82 1 Tememos pela juventude de nossos dias por causa do exemplo que lhes é dado por aqueles que professam ser cristãos. Não podemos fechar a porta da tentação à juventude, mas podemos educá-la para que suas palavras e ações possam ter uma influência direta sobre sua felicidade ou miséria futuras. Serão expostos à tentação. Encontrarão inimigos dentro e fora, mas devem ser instruídos a permanecer firmes na sua integridade, tendo princípios morais para resistir à tentação. As lições dadas a nossa juventude por professores cristãos amantes do mundo estão fazendo um grande mal. As reuniões festivas, as glutonarias, as loterias, as cenas mudas e representações teatrais estão fazendo um trabalho que produzirá um registro com seu fardo de resultados para o juízo. DT 82 2 Todas estas inconsistências, sancionadas pelos professos cristãos debaixo de uma roupagem de beneficência cristã, a fim de coletar recursos para pagar despesas da igreja, têm sua influência sobre a juventude, tornando-a amante dos prazeres mais do que amante de Deus. Pensam que se os cristãos podem incentivar estas loterias e interessar-se nelas e em cenas de festividades, e relacioná-las com coisas sagradas, porque eles não estariam certos em interessar-se por loterias e entrar em jogos a fim de ganhar dinheiro para propósitos especiais? DT 83 1 É plano estudado de Satanás vestir o pecado com roupagem de luz para esconder sua deformidade e torná-lo atraente. Pastores e povo que professam a justiça estão se unindo ao adversário de nossa alma, ajudando-o em seus planos. Nunca houve tempo em que cada membro da igreja devesse sentir sua responsabilidade de andar humilde e circunspectamente diante de Deus, como no presente. Filosofias vãs, falsos credos e infidelidade estão aumentando. Muitos dos que tomam o nome de seguidores de Cristo estão, através de um coração orgulhoso, buscando popularidade e se desviando dos marcos estabelecidos. Os claros mandamentos de Deus em Sua Palavra são descartados porque são considerados comuns e ultrapassados, enquanto as teorias vãs e vagas atraem a mente e satisfazem a imaginação. Nestes cenários de festividades na igreja, há uma união com o mundo que a Palavra de Deus não justifica. Cristianismo e mundanidade estão unidos nessas reuniões. DT 83 2 Mas o apóstolo pergunta: DT 83 3 "Porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o maligno? ou que união do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como Ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso."37 DT 84 1 Quando estivermos aptos a compreender as tentações e vitórias do Filho de Deus, no severo conflito com Satanás, teremos uma idéia mais correta da grandeza da obra diante de nós, a fim de vencermos. Satanás sabia que, se falhasse, sua situação seria desesperadora. Se tivesse êxito e ganhasse a vitória sobre toda a raça humana, pensou, sua vida e reino seriam estabelecidos. DT 84 2 Nas reuniões caracteristicamente cristãs, Satanás lança suas vestes religiosas sobre os prazeres ilusórios e folguedos profanos, para dar-lhes a aparência de santidade, e a consciência de muitos é tranqüilizada porque meios levantados vão para custear as despesas da igreja. As pessoas recusam dar por amor de Cristo, mas por amor ao prazer e à condescendência com o apetite por motivos egoístas, estão prontas a gastar seu dinheiro. DT 84 3 É por que não há poder nas lições de Cristo sobre beneficência, no Seu exemplo, na graça de Deus sobre o coração para levar os homens a glorificar a Deus com seus recursos, que se tem de recorrer a tal método a fim de sustentar a igreja? O dano infligido à saúde física, mental e moral nestas cenas de divertimentos e glutonarias não é pequeno. O dia final do ajuste de contas mostrará almas perdidas por causa da influência destas cenas de divertimentos e frivolidade. DT 84 4 É fato deplorável que considerações sagradas e eternas não tenham poder para abrir o coração dos professos seguidores de Cristo, levando-os a dar ofertas voluntárias para o sustento do evangelho, devido à tentação de festividades e alegrias generalizadas. É uma triste realidade que estas instigações prevaleçam ao passo que as coisas sagradas e eternas não tenham força para influenciar o coração a participar da obra de beneficência. DT 85 1 O plano de Moisés no deserto a fim de levantar meios, foi muito bem-sucedido. Não houve nenhuma exigência compulsória. Moisés não fez grande festividade nem convidou o povo para um lugar de alegria, dança e divertimento em geral. Também não instituiu loterias ou alguma coisa profana a fim de obter recursos para erigir o tabernáculo de Deus no deserto. Deus ordenou a Moisés que convidasse os filhos de Israel a trazer suas ofertas. Moisés aceitava as dádivas de cada pessoa que dava voluntariamente, de coração. Mas as ofertas voluntárias vieram em tão grande abundância que Moisés proclamou que já eram suficientes. Deviam cessar seus presentes, pois deram abundantemente, mais do que se poderia usar. DT 85 2 As tentações de Satanás são bem-sucedidas com os professos seguidores de Cristo, quanto à condescendência com o prazer e o apetite. Vestido como anjo de luz, ele citará as Escrituras para justificar as tentações que coloca diante dos homens para induzi-los ao apetite e prazeres mundanos que se adaptam ao coração carnal. Os seguidores professos de Cristo são fracos em poder moral e são fascinados pela sedução apresentada diante deles por Satanás, e assim ele ganha a vitória. Como olha Deus para as igrejas que são mantidas por estes meios? Cristo não pode aceitar estas ofertas, porque não são oferecidas por amor e devoção, mas são uma idolatria egoísta. Todavia, o que muitos não fazem por amor a Cristo, farão por amor a delicadas iguarias a fim de satisfazer ao apetite, e por amor aos divertimentos mundanos, com o fim de satisfazer ao coração carnal. DT 86 1 O conflito de Cristo com Satanás no deserto será considerado com sagrado interesse por todos os verdadeiros seguidores de Cristo. Deveríamos ter um sentimento de profunda gratidão ao nosso Redentor pelos ensinos do Seu próprio exemplo sobre como resistir e vencer a Satanás. Jesus não buscou os lugares de alegrias e festividades para obter a vitória tão essencial à nossa salvação, mas Ele foi ao desolado deserto. Muitos nem mesmo contemplam esta cena do conflito de Cristo com o chefe caído. Não simpatizam com o seu Redentor. Alguns chegam a duvidar de que Ele realmente sentiu fome aguda na abstinência de alimento, durante o período de quarenta dias e quarenta noites. DT 86 2 Aquele que sofreu morte de cruz no Calvário certamente sofreu a mais cruciante fome, semelhante à Sua morte por nós. Tão logo começaram os sofrimentos da fome, Satanás estava pronto com suas tentações. Temos para combater um inimigo muito vigilante. Satanás adapta suas tentações às nossas circunstâncias. Em cada tentação ele apresentará alguma insinuação, alguma coisa aparentemente boa para se ganhar. Mas, em nome de Cristo podemos ter vitória, resistindo aos seus enganos. DT 87 1 Já se passaram mais de mil e oitocentos anos desde que Cristo andou na Terra como um Homem entre os homens. Encontrou abundantemente sofrimentos e misérias por todos os lados. Que humilhação por parte de Cristo, pois, apesar de subsistir em forma de Deus, tomou sobre Si a forma de servo. Era rico nos Céus, coroado de glória e honra, e por nossa causa Se tornou pobre. Que ato de condescendência do Senhor da vida e glória, a fim de levantar o homem caído! DT 87 2 Jesus não veio aos homens com ordens e ameaças, mas com amor sem paralelo. Amor gera amor; e assim o amor de Cristo, manifestado na cruz, procurou e ganhou o pecador, achegando-o, arrependido, à cruz, crendo e admirando as insondáveis profundidades do amor de Deus. Cristo veio ao mundo a fim de aperfeiçoar um caráter justo para muitos, e elevar a raça caída. Mas somente uns poucos dos milhões do nosso mundo aceitam a justiça e a excelência do Seu caráter e satisfarão os requisitos exigidos para assegurar sua felicidade. DT 87 3 Suas lições de instruções e Sua vida santa, se fossem seguidas, evitariam o fluxo da miséria física e moral que tanto tem contaminado a imagem moral de Deus no homem, que escassamente se assemelha ao nobre Adão, como era no Éden, na sua santa inocência. Cada proibição de Deus visa a saúde e eterno bem-estar do homem. A obediência a todos os requisitos de Deus trará paz e felicidade isentas de vergonha ou reprovações da consciência. DT 88 1 Contudo, pouquíssimos dos cristãos do mundo estão seguindo seu Mestre através da humildade obediente, progredindo na santidade e perfeição de caráter cristão. A intemperança e a licenciosidade estão aumentando assustadoramente e sendo praticadas em grande parte sob o manto do cristianismo. Este deplorável estado de coisas não é porque os homens são obedientes à lei de Deus, mas porque seu coração se levanta em rebelião contra os Seus santos preceitos. DT 88 2 Arrependimento para com Deus, por termos transgredido Sua lei, e fé em Jesus Cristo, são os únicos meios pelos quais podemos ser elevados à pureza de vida e reconciliação com Deus. Fossem compreendidos plenamente todos os pecados que trouxeram a ira de Deus sobre cidades e nações, veríamos serem o resultado de apetites e paixões não controlados. ------------------------Capítulo 24 -- Mais do que uma queda DT 88 3 Se a raça humana parasse de cair quando Adão foi expulso do Éden, estaríamos hoje numa condição muito mais elevada física, mental e moralmente. Mas enquanto o homem deplora a queda de Adão, que resultou numa terrível desgraça, desobedece às injunções expressas de Deus, como fez Adão, embora tenha o seu exemplo para alertá-lo de agir como ele agiu na violação da lei de Jeová. Oxalá o homem tivesse parado de cair com Adão! Mas tem sido uma sucessão de quedas. Os homens não se alertam com a experiência de Adão. Conduzirão o apetite e paixão na violação direta da lei de Deus e ao mesmo tempo continuarão a lastimar a transgressão de Adão, a qual trouxe o pecado ao mundo. DT 89 1 Desde os dias de Adão até aos nossos, tem havido uma sucessão de quedas, cada uma maior do que a outra, em toda espécie de crime. Deus não criou uma raça de seres humanos tão destituída de saúde, beleza e poder moral como a que existe agora no mundo. Doenças de todas as espécies estão aumentando assustadoramente sobre a raça humana. Isto não tem acontecido por uma providência especial de Deus, mas diretamente contrário à Sua vontade. Isto surgiu devido à desconsideração do homem para com os meios que Deus ordenou a fim de protegê-lo dos terríveis males existentes. A obediência à lei de Deus em todos os aspectos salvará os homens da intemperança, licenciosidade e doença de todo tipo. Ninguém pode violar a lei natural sem sofrer a penalidade. DT 89 2 Pode o homem, por alguma soma de dinheiro, deliberadamente vender sua capacidade mental? Se alguém desse dinheiro para que o homem partilhasse seu intelecto, ele se voltaria com desgosto contra a proposta insana. Contudo, milhares estão dividindo a saúde do corpo, o vigor do intelecto e a elevação da alma por amor à satisfação do apetite. Ao invés de ganhar, experimentam somente perdas. Isto eles não percebem porque suas sensibilidades estão entorpecidas. Comercializaram as faculdades que receberam de Deus. E por quê? Resposta: Baixa sensualidade e vícios degradantes. Condescende-se com a satisfação da paixão a custo da saúde e do intelecto. DT 90 1 Cristo começou a obra de redenção precisamente onde se iniciou a ruína. Fez provisão para reintegrar o homem à pureza de Deus, se aceitasse a ajuda que lhe fosse oferecida. Por meio da fé no Seu nome todo-poderoso -- o único nome dado debaixo do Céu para salvação -- o homem poderia vencer o apetite e paixão. Por intermédio da obediência à lei de Deus a saúde tomaria o lugar das enfermidades e doenças destrutivas. Aqueles que hão de vencer seguirão o exemplo de Cristo, subjugando os apetites e paixões corporais sob o controle da razão e da consciência esclarecida. DT 90 2 Se os pastores que pregam o evangelho cumprissem o seu dever, e fossem igualmente exemplos para o rebanho de Deus, suas vozes levantar-se-iam como trombetas, mostrando ao povo suas transgressões e à casa de Israel os seus pecados. Pastores que exortam pecadores a se converter deveriam definir distintamente o que é pecado e o que é conversão do pecado. Pecado é transgressão da lei. O pecador convicto deve exercer arrependimento para com o Senhor, por causa da transgressão da Sua lei, e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. DT 90 3 O apóstolo nos dá a verdadeira definição de pecado: "O pecado é a transgressão da lei."38 Uma classe enorme de professos embaixadores de Cristo são iguais a guias cegos. Estão dirigindo o povo para fora do caminho de segurança ao apresentar as exigências e proibições da antiga lei de Jeová, como arbitrárias e severas. Dão permissão ao pecador para ultrapassar os limites da lei de Deus. Nisto são como o grande adversário das almas, abrindo diante deles uma vida de liberdade em violação aos mandamentos de Deus. Com esta liberdade sem lei acabaram-se as bases da responsabilidade moral. DT 91 1 Aqueles que seguem a esses líderes cegos, fecham as avenidas da alma à recepção da verdade. Não permitem que a verdade com seus frutos úteis lhes afetem o coração. Grande número firma sua alma com preconceito contra novas verdades e também contra a claríssima luz que mostra a correta aplicação de antiga verdade, a lei de Deus, que é tão antiga quanto o mundo. O intemperante e licencioso tem prazer em afirmar freqüentemente que a lei dos Dez Mandamentos não é obrigatória nesta dispensação. Avareza, roubos, perjúrios e crimes de toda espécie são praticados sob o manto de cristianismo. ------------------------Capítulo 25 -- Saúde e felicidade DT 91 2 Por que os homens não podem fazer estas coisas se a lei que as proíbem foi abolida? Nenhuma mensagem da Terra ou do Céu pode impressionar fortemente os intemperantes e licenciosos que estão iludidos com a teoria de que a lei dos Dez Mandamentos foi abolida. Muitos professos ministros de Cristo exortam o povo a uma vida de santidade, enquanto eles mesmos se submetem ao poder do apetite e da poluição do fumo. Estes ensinadores que estão liderando o povo no menosprezo da lei física e moral terão um relato pavoroso a enfrentar no futuro. DT 92 1 Saúde, verdade e felicidade não podem ser adquiridas sem um conhecimento inteligente, completa obediência à lei de Deus e perfeita fé em Jesus Cristo. O Senhor não tem nenhum outro meio para alcançar o coração humano. Muitos professos cristãos reconhecem que pelo uso do fumo, estão condescendendo com um hábito dispendioso, prejudicial e nojento. Escusam-se, porém, dizendo que é um hábito formado e que não podem vencê-lo. Ao reconhecer isto, estão prestando homenagem a Satanás, dizendo por suas ações, se não em palavras, que, ainda que Deus seja poderoso, Satanás tem grande poder. Por profissão eles dizem que são servos de Jesus Cristo ao passo que suas obras dizem que eles se submetem ao controle de Satanás, porque isto lhes é menos inconveniente. É isto vencer como Cristo fez? Ou é ser vencido pela tentação? A desculpa acima é instigada por pessoas que estão no ministério, que professam ser embaixadores de Cristo. DT 92 2 Muitas são as tentações e assaltos de todos os lados para arruinar as esperanças dos jovens, tanto no tocante a este mundo quanto para o por vir. Todavia, a única senda segura para o jovem e o idoso é viver em estrita conformidade com os princípios da lei física e moral. O caminho da obediência é o único que leva ao Céu. Os viciados no álcool e fumo, às vezes, dariam qualquer soma de dinheiro, se pudessem vencer o apetite pela condescendência que destrói o corpo e ao alma. Aqueles que não subjugam os apetites e as paixões ao controle da razão, serão condescendentes às expensas das obrigações morais e físicas. DT 93 1 As vítimas de um apetite depravado, apegadas às contínuas tentações de Satanás, procurarão condescendência à custa da saúde e mesmo da vida, tendo de comparecer ao tribunal de Deus como suicidas. Muitos se permitiram ser dominados pelo hábito por tão longo tempo que se tornaram escravos do apetite. Não têm coragem moral para resignar-se e suportar o sofrimento por algum tempo através da restrição e negação do paladar, a fim de vencer o vício. Esta classe recusa vencer como fez o seu Redentor. Não suportou Cristo, no deserto, sofrimento físico e a angústia mental em favor do homem? DT 93 2 Muitos permitiram por tanto tempo que o apetite e o gosto controlassem a razão, que não têm poder moral para perseverar na resignação própria, e suportar por algum tempo, até que a natureza maltratada possa começar a trabalhar e estabelecer um sadio sistema de ação. Muitos que têm o gosto pervertido recuam ante o pensamento de restringir seu regime e continuam com as suas condescendências doentias. Não estão dispostos a vencer como fez seu Redentor. DT 93 3 Que cenário de inigualável exemplo de sofrimento foi aquele jejum de quase seis semanas, enquanto Jesus estava sendo assaltado pelas mais terríveis tentações! Quão poucos podem compreender o amor de Deus pela raça caída, o qual não recusou que Seu divino Filho tomasse sobre Si a humilhação humana! Ele entregou Seu amado Filho à vergonha e agonia para que pudesse trazer filhos e filhas à glória. DT 94 1 Quando o homem pecador discernir o inexprimível amor de Deus em dar Seu Filho para morrer sobre a cruz, poderá compreender melhor a infinita vantagem de vencer como Cristo venceu. Compreenderemos que será uma eterna perda ganharmos todo o mundo, com todos os seus prazeres e glória, e contudo perdermos a alma. O Céu é muito barato, a qualquer custo. DT 94 2 Sobre as margens do Jordão a voz do Céu, acompanhada pela manifestação da excelente glória, proclamou que Cristo é o Filho do Eterno. Satanás estava prestes a encontrar-se pessoalmente com o Chefe do reino, que ele veio para vencer. Se falhasse, sabia que estava perdido. Portanto, o poder de suas tentações estava de acordo com a grandeza do objeto que ele ganharia ou perderia. Por quatro mil anos, desde a declaração feita a Adão de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente, ele tinha estado planejando sua maneira de ataque. DT 94 3 Lançou mão de todos os esforços para vencer no apetite a Cristo, que suportou as mais cruciantes dores da fome. A vitória ganha destinava-se não somente a ser um exemplo para os que caíssem sob o poder do apetite, mas para qualificar o Redentor na obra especial de alcançar as profundezas da tristeza humana. Pela experiência própria quanto à força das tentações de Satanás, os sofrimentos e enfermidades humanas, Ele saberia como socorrer aqueles que estariam dispostos a ajudar-se a si mesmos. DT 95 1 Nenhuma soma de dinheiro poderia comprar uma única vitória sobre as tentações de Satanás. Mas aquilo que o dinheiro não tem valor para obter, como integridade, esforço resoluto e poder moral, obteria através do nome de Cristo uma nobre vitória sobre o apetite. Que seria se o conflito custasse ao homem sua própria vida? Que seria se os escravos do vício realmente morressem na luta para salvar-se do poder controlador do apetite? Morreriam por uma boa causa. A vitória ganha à custa da vida humana, não representaria nada quando a vitória aparecer, na primeira ressurreição, e os vencedores receberem a recompensa. DT 95 2 Tudo, então, é ganho. Mas a vida não será sacrificada na luta para vencer apetites depravados. É certo que se não vencermos como Cristo venceu, não poderemos ter um assento com Ele no Seu trono. Aqueles que não obstante a luz e a verdade destroem a saúde mental, moral e física, induzidos por qualquer espécie de condescendência, perderão o Céu. Sacrificam aos ídolos as faculdades dadas por Deus. Deus merece e exige nossos mais altos pensamentos e sagradas afeições. DT 95 3 A um custo infinito Cristo, nosso Redentor, comprou todas as nossas faculdades e nossa própria existência; e tudo o que há de bom na vida foi comprado para nós, ao preço de Seu sangue. Aceitaremos as bênçãos e nos esqueceremos dos reclamos do Doador? Pode qualquer de nós consentir em seguir as inclinações, a condescendência com os apetites e paixões, e viver sem Deus? Comeremos e beberemos como irracionais, e, à semelhança dos embotados animais não associaremos o pensamento com Deus, com tudo aquilo de bom que nos alegra? DT 96 1 Aqueles que fazem esforços decididos em nome do Conquistador para vencer a todo ardente desejo antinatural quanto ao apetite, não morrerão no conflito. Em seus esforços para controlar o apetite, colocam-se em relação correta com a vida, e podem assim regozijar-se na saúde e no favor de Deus, e terão direito à vida imortal. DT 96 2 Milhares estão continuamente vendendo o vigor físico, mental e moral pelo prazer do paladar. Todas as faculdades têm seu trabalho distinto; contudo, todas têm uma dependência mútua em relação à outra. Se o equilíbrio for cuidadosamente preservado, conservará uma ação harmoniosa. Nenhuma destas faculdades pode ser avaliada em dólares e centavos. Todavia, por um bom jantar, álcool ou fumo são vendidas. Enquanto está paralisada pela condescendência com o apetite, Satanás controla a mente e leva a toda sorte de crimes e impiedades. Deus tem prazer em preservar todas as nossas faculdades em sadio vigor, para que possamos ter um senso claro de Seus requisitos e tenhamos santidade perfeita no Seu temor. ------------------------Capítulo 26 -- Fogo estranho DT 97 1 Nadabe e Abiú, filhos de Arão, que ministravam no santo ofício sacerdotal, tomaram livremente do vinho e como de costume foram ministrar diante do Senhor. Os sacerdotes que queimavam incenso diante do Senhor deveriam fazer uso do fogo que Deus acendera, o qual ardia de dia e de noite, sem que nunca se extinguisse. Deus dera orientações explícitas sobre como deveria ser desempenhada cada parte do Seu serviço, sendo que tudo estava relacionado com o Seu culto sagrado, devendo tudo ser feito de acordo com a santidade do Seu caráter. Qualquer desvio da orientação expressa de Deus, relacionada com o Seu serviço, seria punido com a morte. DT 97 2 Nenhum sacrifício seria aceito por Deus se não fosse salgado ou temperado com o fogo divino, o qual representa a comunicação entre Deus e o homem, que foi aberta unicamente através de Cristo. O fogo sagrado que era colocado sobre o incenso ardia perpetuamente. Enquanto o povo de Deus estava do lado de fora, em fervorosas orações, o incenso aceso pelo fogo sagrado ascendia diante de Deus, misturado com suas orações. Este incenso era emblema da mediação de Cristo. DT 97 3 Os filhos de Arão tomaram fogo comum, o qual Deus não aceitava, e insultaram ao infinito Deus, apresentando fogo estranho diante dEle. Deus os consumiu com fogo, por causa do desrespeito à Sua expressa orientação. Tudo que faziam era como a oferta de Caim. O divino Salvador não estava representado. Se estes filhos de Arão tivessem um domínio claro de suas faculdades mentais, teriam discernido a diferença entre o fogo sagrado e o profano. A satisfação do apetite lhes aviltou as faculdades e ficaram com a mente obscurecida de tal maneira que não puderam ter discernimento. Compreendiam muito bem o caráter sagrado do serviço típico e da venerável solenidade e responsabilidade que deveriam assumir ao se apresentarem diante de Deus para ministrar o serviço sagrado. DT 98 1 Alguns poderão perguntar: Como podem os filhos de Arão ser responsabilizados, sendo que sua mente estava tão paralisada pela intoxicação, que eles não estavam aptos para discernir a diferença entre o fogo sagrado e o comum? Quando levaram o copo aos lábios, tornaram-se responsáveis por todos os atos cometidos enquanto estavam sob a influência do vinho. A condescendência com o apetite custou a vida àqueles sacerdotes. Deus proíbe expressamente o uso do vinho, que tem influência para rebaixar o intelecto. DT 98 2 "Falou também o Senhor a Arão, dizendo: vinho nem bebida forte tu e teus filhos não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais: estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; para fazerdes diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, e para ensinardes aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado por intermédio de Moisés."39 DT 98 3 A proibição especial de Deus aos hebreus com referência ao uso de bebidas intoxicantes, deveria ser considerada nesta dispensação. Muitos, porém, que estão em alta posição de responsabilidade em nosso país, em muitos casos acham-se escravizados pelas bebidas alcoólicas e pelo fumo. DT 99 1 Jurados em nossas cortes, cujo veredicto decide pela culpa ou inocência de seus semelhantes, muitos deles são consumidores de bebidas alcoólicas e estão inebriados pelo fumo. Enquanto se acham sob esta influência que anuvia o intelecto e avilta a alma, dão o seu veredicto sobre a liberdade e a vida de seus semelhantes. DT 99 2 Os julgamentos pervertidos em muitos casos claros de punição, dos maiores criminosos, conforme requer a segurança da sociedade deveriam receber a penalidade total da lei que violaram. DT 99 3 Os homens que estão legislando e os que executam as leis do nosso governo enquanto violam as leis do seu ser em apetites desordenados que entorpecem e paralisam o intelecto, não estão em condições de decidir o destino dos seus semelhantes. Os que sentem a necessidade de conservar a alma, o corpo e o espírito em conformidade com a lei natural, com o objetivo de preservar o equilíbrio de suas faculdades mentais só estes estão em condições de decidir questões importantes consoante à execução da lei de nossa terra. Este era o pensamento de Deus ao decretar aos hebreus que o vinho não deveria ser usado por aqueles que ministravam o santo ofício. DT 99 4 Aqui temos as claríssimas orientações de Deus e Suas razões para proibir o uso do vinho: que o seu poder de discriminação e discernimento deveria ser claro e inconfundível; que o seu juízo deveria ser correto e sempre apto a discernir entre o puro e o imundo. É dado outro motivo de grande importância para que eles se abstivessem também de qualquer coisa que pudesse intoxicar. Isto requeria o uso perfeito de uma razão lúcida para apresentar aos filhos de Israel todos os estatutos que Deus lhes ordenara. DT 100 1 Qualquer alimento ou bebida que desqualifique as faculdades mentais para um viver saudável e ativo exercício é um pecado agravante à vista de Deus. Especialmente é este o caso daqueles que ministram as coisas sagradas e que deveriam em todo tempo ser exemplos para o povo e estar em condições de instruí-los. DT 100 2 Embora tenham diante de si este impressionante exemplo, alguns professos cristãos profanam a casa de Deus com a respiração poluída pela fumaça do fumo e pela bebida alcoólica. Às vezes as escarradeiras estão cheias de saliva expelida e de pedaços de fumo. A exalação emanada constantemente destes receptáculos poluem a atmosfera. Homens que professam ser cristãos ajoelham-se para adorar a Deus e se atrevem a dirigir-Lhe oração com os lábios manchados pelo fumo, enquanto seus nervos, meio paralisados, tremem pelo uso exaustivo deste poderoso narcótico. Esta é a devoção que oferecem a um Deus santo, que odeia o pecado. Pastores em sua sagrada posição, com a boca e os lábios contaminados, atrevem-se a tomar a sagrada Palavra de Deus em seus poluídos lábios. Pensam que Deus não percebe sua pecaminosa condescendência. "Visto como se não executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal."40 Deus não aceitará um sacrifício das mãos daqueles que assim poluem a si mesmos, oferecendo um incenso de fumo e de bebidas alcoólicas; caso contrário teria aceito a oferta dos filhos de Arão que ofereceram incenso com fogo estranho. DT 101 1 Deus não mudou. Ele é agora tão minucioso e exato em Suas exigências, como foi nos dias de Moisés. Mas, nos santuários de adoração dos nossos dias, com cânticos de louvor, orações e ensino do púlpito, não existe meramente fogo estranho, mas positivo aviltamento. Ao invés de pregar a verdade com santa unção de Deus, ela é proferida muitas vezes sob a influência do fumo e do álcool. Realmente um fogo estranho! A verdade bíblica e a santidade da Bíblia são apresentadas ao povo; e orações são oferecidas a Deus, misturadas com o mau cheiro do fumo! Tal incenso é mais aceitável a Satanás! Que terrível engano é este! Que ofensa à vista de Deus! Que insulto Àquele que é santo e que habita na luz inacessível! DT 101 2 Se os professos cristãos tivessem as faculdades mentais num vigor saudável, discerniriam a inconsistência de tal culto. Com Nadabe e Abiú, suas sensibilidades acham-se tão embotadas que não fazem diferença entre o sagrado e o profano. Coisas santas e sagradas são trazidas ao baixo nível de seu hálito poluído pelo fumo, de seu cérebro amortecido e sua alma contaminada pela condescendência com o apetite e as paixões. Cristãos professos comem e bebem, fumam e mascam fumo, e tornam-se glutões e beberrões, satisfazendo o apetite e ainda falam em vencer como Cristo venceu! ------------------------Capítulo 27 -- Imprudência presunçosa e fé inteligente DT 102 1 Há muitos que deixam de distinguir entre uma imprudência presunçosa e uma inteligente confiança de fé. Satanás pensou que por meio de suas tentações poderia ludibriar o Redentor do mundo, levando-O a uma façanha heróica a fim de manifestar o Seu divino poder causando sensação e surpreendendo a todos por meio de uma apresentação do maravilhoso poder de Seu Pai para preservá-Lo do dano. Ele sugeriu que Cristo deveria aparecer em Seu verdadeiro caráter e por meio de uma obra-prima de poder, estabelecer o Seu direito à fé e confiança do povo, se na verdade Ele era o Salvador do mundo. Se Cristo tivesse sido enganado pelas tentações de Satanás e exercido Seu poder miraculoso para aliviá-Lo da dificuldade, teria quebrado o acordo feito com Seu Pai, de ser um réu em favor da raça humana. DT 102 2 Era uma difícil tarefa para o Príncipe da Vida executar o plano que havia encetado para a salvação do homem, revestindo Sua divindade com a humanidade. Ele tinha recebido honra nas cortes celestiais e estava familiarizado com o poder absoluto. Era tão difícil para Ele conservar-Se ao nível da humanidade como era para o homem levantar-se acima do seu nível de natureza depravada, e ser participante da natureza divina. DT 103 1 Cristo foi colocado em terrível teste que requeria a força de todas as Suas faculdades, a fim de resistir à inclinação, quando estivesse em perigo de usar o Seu poder para livrar-Se do perigo e triunfar sobre o poder do príncipe das trevas. Satanás mostrou seu conhecimento dos pontos fracos do coração humano e concentrou todo o poder para tirar vantagem da fraqueza e humanidade que Cristo assumiu, a fim de vencer suas tentações para crédito do homem. DT 103 2 Deus deu ao homem promessas preciosas sob condição de fé e obediência; estas, porém, não devem sustentá-lo em nenhuma ação precipitada. Se o homem desnecessariamente colocar-se no lugar do perigo, e for aonde Deus não quer que ele vá, expondo-se confiadamente ao perigo, contrariando os avisos da razão, Deus não fará nenhum milagre para libertá-lo. Não enviará Seus anjos para livrar a ninguém de ser queimado se escolhe colocar-se no fogo. DT 103 3 Adão não foi enganado pela serpente como aconteceu com Eva e era inescusável se transgredisse imprudentemente o positivo mandamento de Deus. Adão tornou-se presunçoso porque sua esposa pecou. Não podia ver o que aconteceria a Eva. Estava triste, confuso e tentado. Ouviu de Eva o recital das palavras da serpente e sua firmeza e integridade começaram a vacilar. Dúvidas surgiram em sua mente a respeito de Deus, indagando se Ele realmente faria o que havia dito. Imprudentemente comeu o fruto tentador. ------------------------Capítulo 28 -- Espiritismo DT 104 1 Os espiritualistas tornam muito atraente o caminho para o inferno. Espíritos das trevas são por estes ensinamentos mentirosos, vestidos com o manto puro do Céu, e têm o poder de enganar aqueles que não estão fortalecidos na verdade bíblica. DT 104 2 Vã filosofia é empregada para representar o caminho do inferno como uma vereda segura. Com a imaginação altamente formada e vozes musicalmente harmoniosas apresentam o caminho largo como uma felicidade e glória. A ambição toma conta dessas almas iludidas e assim como Satanás se apresentou a Eva, apresenta-lhes a liberdade e a felicidade como jamais conceberam que fosse possível. São aplaudidos os homens que viajam pela caminho largo do inferno, e após a morte são exaltados às mais altas posições no mundo eterno. DT 104 3 Satanás, vestido em seu manto resplandecente, aparecendo como um exaltado anjo, tentou o Redentor do mundo, mas sem êxito. Quando, porém, aparece ao homem vestido como anjo de luz, tem mais êxito. Ocultando os seus terríveis propósitos, torna-se bem-sucedido em iludir os incautos que não estão firmemente ancorados na verdade eterna. DT 104 4 Riqueza, poder, genialidade, eloqüência, orgulho, razão pervertida e paixão são agentes de Satanás para fazer a sua obra de tornar atraente a estrada larga, coberta de flores tentadoras. Mas toda palavra que eles falarem contra o Redentor do mundo, recairão sobre eles e um dia serão queimados com sua alma culpada, como chumbo derretido. Serão dominados de terror e vergonha ao verem o exaltado Senhor vindo sobre as nuvens do Céu com poder e grande glória. Então o arrogante desafiador que se levantou contra o Filho de Deus se verá a si mesmo na verdadeira escuridão de seu caráter. A vista da indizível glória do Filho de Deus será intensamente dolorosa para aqueles cujo caráter está manchado pelo pecado. A pura luz e glória que emanam de Cristo despertarão remorso, vergonha e terror. Enviarão lamentações de angústia às rochas e montanhas: "Caí sobre nós, e escondei-nos da face dAquele que Se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira dEles; e quem é que pode suster-se?"41 DT 105 1 Espiritualistas afirmam ter luz e poder superiores. Abriram a porta e convidaram o príncipe das trevas a entrar, tornando-o seu hóspede de honra. Aliaram-se aos poderes das trevas que se estão desenvolvendo nestes últimos dias em sinais e maravilhas que, fosse possível, enganariam até os escolhidos. Os espíritas dizem que podem fazer maiores milagres do que fez Cristo. Foi esta a ostentação de Satanás diante de Cristo. Pelo fato de o Filho de Deus tomar sobre Si a fraqueza humana e ser tentado em todos os pontos como deve ser tentado o homem, Satanás exultou e escarneceu dEle. Blasonava sua superioridade e O desafiava a uma controvérsia aberta. DT 106 1 Os espíritas estão aumentando em número. Aproximam-se das pessoas que têm a verdade, como Satanás veio a Cristo, tentando-as a manifestar o seu poder, a fazer milagres e a dar evidências de que são seres favorecidos por Deus, e um povo que tem a verdade. Satanás disse a Cristo: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães."42 Herodes e Pilatos pediram a Cristo que operasse milagres, quando esteve em julgamento perante eles. Sua curiosidade estava viva, mas Cristo não operou nenhum milagre para satisfazê-la. DT 106 2 Os espíritas irão pressionar a questão a fim de entrar em controvérsia com os ministros que ensinam a verdade. Se declinarem serão desafiados. Citam as Escrituras como fez Satanás em relação a Cristo: "Examinai tudo",43 dizem eles. Mas a sua idéia de examinar tem a finalidade de induzir as pessoas a ouvir suas apresentações enganosas e assistir às suas reuniões. Todavia, em suas reuniões os anjos das trevas assumem a forma de amigos mortos e se comunicam com eles, como anjos de luz. DT 106 3 Os seus amados aparecerão em mantos de luz, tão familiares à vista como quando estiveram na Terra. Ensiná-los-ão e conversarão com eles. E muitos serão enganados por esta maravilhosa apresentação do poder de Satanás. A única segurança para o povo de Deus é estar completamente familiarizado com a Bíblia e conhecer os ensinamentos de nossa fé concernentes aos que dormem na morte. DT 107 1 Satanás é um astucioso inimigo. Não é difícil para os anjos do mal representar tanto os santos como os pecadores que já morreram e tornar visíveis estas representações aos olhos humanos. Estas manifestações serão mais freqüentes, e o seu incremento de caráter mais assustador, ao aproximar-se mais o fim dos tempos. Não precisamos ficar atônitos diante de nenhuma forma de engano, que fascina os incautos e enganaria, se possível, todos os escolhidos. Os espíritas citam: "Examinai tudo." Mas Deus tem, para o benefício de Seu povo que vive no meio dos perigos dos últimos dias, examinado esta classe e dado o resultado do Seu julgamento. DT 107 2 "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça." 2 Tessalonicenses 2:9-12. DT 107 3 João, na Ilha de Patmos, viu as coisas que deveriam ocorrer na Terra nos últimos dias. Apocalipse 13:13; 16:14. "Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à Terra, diante dos homens." "Porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande dia do Deus todo-poderoso." DT 108 1 O apóstolo Pedro aponta distintamente a classe que será manifestada nestes últimos dias. DT 108 2 "Especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores, ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra elas juízo infamante na presença do Senhor. Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos, recebendo injustiça por salário da injustiça que praticam. Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos." 2 Pedro 2:10-14. DT 108 3 Deus, em Sua Palavra, colocou o Seu selo [de condenação] sobre as heresias do espiritualismo, como colocou a marca sobre Caim. Os piedosos não precisam ser enganados se são estudantes das Escrituras e obedientes, ao seguir o caminho claramente indicado a eles na Palavra de Deus. DT 108 4 O espiritualismo, presumido, reivindica grande liberdade e em linguagem macia e florida procura fascinar e enganar as almas incautas a fim de que escolham a estrada larga do prazer e da condescendência pecaminosa, em vez do caminho estreito e reto. Os espiritualistas denominam os requisitos de Deus de lei de servidão e dizem que aqueles que lhes obedecem vivem uma vida de medo escravizador. Com palavras suaves e discursos bonitos ostentam sua liberdade e procuram cobrir suas heresias perigosas com as vestimentas da justiça. Fazem com que os mais revoltantes crimes sejam considerados como bênçãos para a raça humana. DT 109 1 Abrem diante do pecador uma porta larga a fim de incitar o coração carnal a violar a lei de Deus -- especialmente o sétimo mandamento. Aqueles que falam estas grandes palavras bombásticas de ostentação, que triunfam na liberdade de seus pecados, prometem àqueles a quem ludibriam o prazer da liberdade no curso da rebelião contra a vontade revelada de Deus. Estas almas enganadas se colocam sob a mais variada escravidão de Satanás e são controladas pelo seu poder; contudo, prometem liberdade àqueles que ousam seguir o mesmo curso de pecado que eles mesmos escolheram. DT 109 2 As Escrituras são de fato cumpridas neste ponto de um cego guiando outro cego. Aquele que os vence os reduz à escravidão. Estas almas enganadas estão debaixo da mais abjeta escravidão, à vontade dos demônios. Aliaram-se aos poderes das trevas e não têm força para contrariar a vontade dos demônios. Esta é a sua jactanciosa liberdade. Por meio de Satanás são vencidos e postos sob servidão e aqueles a quem prometem grande liberdade são enganados e se tornam escravos desesperançados do pecado e de Satanás. DT 110 1 Não devemos assistir às suas reuniões e muito menos nossos pastores devem entrar em controvérsia com eles. Pertencem àquela classe específica, a qual não devemos convidar para nossa casa nem saudá-los. Temos de comparar os seus ensinos com a vontade revelada de Deus. Não nos devemos empenhar numa investigação do Espiritismo. Deus já investigou isto por nós e nos diz definitivamente que é uma classe que se levantará nos últimos dias, negando a Cristo, que os comprou com o Seu próprio sangue. O caráter dos espíritas é descrito tão plenamente que não precisamos ser enganados por eles. Se obedecemos à prescrição divina, não deveremos ter simpatia pelos espíritas apesar de suas palavras suaves e favoráveis. DT 110 2 O amado João continua sua admoestação contra os sedutores: "Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem igualmente o Pai."44 DT 110 3 Paulo, em sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses, exorta a estarmos alerta e não nos afastarmos da fé. Ele está falando da vinda de Cristo como um evento que ocorrerá imediatamente após o trabalho de Satanás por intermédio do Espiritismo, nas seguintes palavras: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça."45 DT 111 1 Na Epístola de Paulo a Timóteo ele prediz o que se manifestará nos últimos dias. E esta admoestação foi dada em benefício daqueles que viverão quando estas coisas estiverem acontecendo. Deus revelou ao Seu servo os perigos da igreja nos últimos dias. Ele escreve: "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência."46 DT 111 2 O fiel Pedro fala dos perigos aos quais a Igreja Cristã seria exposta nos últimos dias, e descreve pormenorizadamente as heresias que se levantariam e os sedutores blasfemos que procurariam atrair almas para eles. "Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre nós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade."47 DT 111 3 Aqui Deus providenciou para nós as provas desta classe mencionada. Eles recusaram o conhecimento de Cristo como Filho de Deus e não têm mais reverência pelo Pai eterno, do que por Seu Filho, Jesus Cristo. Não têm o Filho nem o Pai. E como seu grande líder, o chefe dos rebeldes, estão em rebelião contra a lei de Deus e menosprezam o sangue de Cristo. DT 112 1 Podemos regozijar-nos em todas as condições da vida e triunfar sob qualquer circunstância, porque o Filho de Deus desceu do Céu e Se submeteu a arcar com as nossas enfermidades e a suportar o sacrifício e a morte a fim de dar-nos a vida imortal. Levará para sempre as marcas de Sua humilhação terrestre em favor do homem. Enquanto a hoste de redimidos e uma multidão de anjos imaculados vão honrá-Lo e adorá-Lo, Ele levará as marcas de alguém que foi morto. Quanto mais plenamente apreciamos o sacrifício infinito feito em nosso favor pelo Salvador, para expiação do pecado, mais nos aproximamos da harmonia com o Céu. ------------------------Capítulo 29 -- Desenvolvimento do caráter DT 112 2 Temos aqui um caráter a formar. Deus nos testará e nos provará, colocando-nos em posições nas quais possamos desenvolver a mais persistente força, pureza e nobreza de alma, com perfeita paciência de nossa parte, e inteira confiança no Salvador crucificado. Encontraremos reveses, aflições e provas severas, mas isto são provações de Deus. Ele Se assentará como refinador e purificador de prata e purgará Seu povo como ouro e prata, para que possa oferecer ao Senhor uma oferta de justiça. DT 113 1 A cruz de Cristo está toda coberta de vergonha e estigma, contudo é a esperança de vida e exaltação do homem. Ninguém pode compreender o mistério da piedade enquanto se envergonha de suportar a cruz de Cristo. Ninguém estará habilitado a discernir e apreciar as bênçãos que Cristo comprou para o homem, ao preço infinito de Si mesmo, a menos que esteja disposto a sacrificar alegremente os tesouros terrestres, a fim de tornar-se Seu seguidor. Cada renúncia própria e sacrifício feito por Cristo enriquece o doador, e todo sofrimento e opróbrio suportado por Seu querido nome aumentará o regozijo final e a recompensa imortal no reino da glória. ------------------------Eventos Finais EF 11 1 Capítulo 1 -- A última crise da terra EF 18 1 Capítulo 2 -- Sinais de que Cristo voltará em breve EF 32 1 Capítulo 3 -- "Quando sucederão estas coisas?" EF 43 1 Capítulo 4 -- A igreja de Deus nos últimos dias EF 63 1 Capítulo 5 -- A vida devocional do remanescente EF 75 1 Capítulo 6 -- O estilo de vida e as atividades do remanescente EF 94 1 Capítulo 7 -- Vida campestre EF 109 1 Capítulo 8 -- As cidades EF 123 1 Capítulo 9 -- Leis dominicais EF 143 1 Capítulo 10 -- O pequeno tempo de angústia EF 155 1 Capítulo 11 -- Enganos satânicos nos últimos dias EF 172 1 Capítulo 12 -- A sacudidura EF 183 1 Capítulo 13 -- A chuva serôdia EF 197 1 Capítulo 14 -- O alto clamor EF 215 1 Capítulo 15 -- O selo de Deus e a marca da besta EF 227 1 Capítulo 16 -- O fim do tempo da graça EF 238 1 Capítulo 17 -- As sete últimas pragas e os ímpios EF 253 1 Capítulo 18 -- As sete últimas pragas e os justos EF 271 1 Capítulo 19 -- A volta de Cristo EF 283 1 Capítulo 20 -- A herança dos santos ------------------------Capítulo 1 -- A última crise da terra Ampla apreensão pelo futuro EF 11 1 O tempo presente é de dominante interesse para todo o vivente. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção posta nos acontecimentos que tomam lugar ao nosso redor. Estão observando as relações que existem entre as nações. Eles examinam a intensidade que está tomando posse de cada elemento terreno, e reconhecem que algo grande e decisivo está para acontecer -- que o mundo está no limiar de uma crise estupenda. -- Profetas e Reis, 537. EF 11 2 As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. -- Testemunhos Seletos 3:280. Tempos turbulentos que ocorrerão em breve EF 12 1 O tempo de angústia, que há de aumentar até o fim, está muito próximo. Não temos tempo a perder. O mundo está agitado com o espírito de guerra. As profecias do capítulo onze de Daniel quase atingiram o seu cumprimento final. -- The Review and Herald, 24 de Novembro de 1904. EF 12 2 O tempo de angústia -- angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Daniel 12:1) -- está precisamente sobre nós, e somos semelhantes às virgens adormecidas. Devemos acordar e pedir que o Senhor Jesus ponha debaixo de nós os Seus braços eternos e nos conduza durante o tempo de provação à nossa frente. -- Manuscript Releases 3:305. EF 12 3 O mundo está-se tornando cada vez mais iníquo. Em breve surgirá grande perturbação entre as nações -- perturbação que não cessará até que Jesus venha. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1904. EF 12 4 Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos. -- Testemunhos Seletos 3:306. EF 12 5 Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros -- fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue. -- Profetas e Reis, 278. EF 12 6 Há perante nós tempos tempestuosos, mas não pronunciemos uma só palavra de incredulidade ou desânimo. -- Serviço Cristão, 136. Deus tem sempre advertido de juízos vindouros EF 13 1 Deus sempre tem dado aos homens advertência dos juízos por vir. Aqueles que tiveram fé na mensagem por Ele enviada para seu tempo, e agiram segundo sua fé, em obediência aos Seus mandamentos, escaparam aos juízos que caíram sobre os desobedientes e incrédulos. EF 13 2 A Noé veio a palavra: "Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de Mim." Gênesis 7:1. Noé obedeceu, e foi salvo. A Ló foi enviada a mensagem: "Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade." Gênesis 19:14. Ló colocou-se sob a guarda dos mensageiros celestes, e foi salvo. Assim os discípulos de Cristo tiveram aviso da destruição de Jerusalém. Os que estavam alerta quanto ao sinal da próxima ruína, e fugiram da cidade, escaparam à destruição. Assim agora estamos dando aviso da segunda vinda de Cristo e da destruição impendente sobre o mundo. Os que ouvirem a advertência, serão salvos. -- O Desejado de Todas as Nações, 634. Deus nos disse o que podemos esperar em nosso tempo EF 13 3 Antes de Sua crucifixão o Salvador explicou a Seus discípulos que Ele deveria ser morto, e do túmulo ressuscitar; anjos estavam presentes para gravar-lhes Suas palavras na mente e no coração. Marcos 8:31-32; Marcos 9:31; Marcos 10:32-34. Mas os discípulos aguardavam livramento temporal do jugo romano, e não podiam tolerar a idéia de que Aquele em quem se centralizavam todas as suas esperanças devesse sofrer uma morte ignominiosa. As palavras de que necessitavam lembrar-se, fugiram-lhes do espírito; e, ao chegar o tempo da prova, esta os encontrou desprevenidos. A morte de Cristo destruiu-lhes tão completamente as esperanças, como se Ele não os houvesse advertido previamente. EF 14 1 Assim, nas profecias, o futuro se patenteia diante de nós tão claramente como se revelou aos discípulos pelas palavras de Cristo. Os acontecimentos ligados ao final do tempo da graça e obra de preparo para o período de angústia, acham-se claramente apresentados. Multidões, porém, não possuem maior compreensão destas importantes verdades do que teriam se nunca houvessem sido reveladas. -- O Grande Conflito, 594. As profecias referentes aos últimos dias requerem nossa atenção EF 14 2 Vi então o terceiro anjo. Apocalipse 14:9-11. Disse meu anjo acompanhante: "Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o anjo que deve separar o trigo do joio, e selar, ou atar, o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda." -- Primeiros Escritos, 118. EF 14 3 Havemos de comparecer diante de magistrados para responder por nossa lealdade para com a Lei de Deus, para dar a conhecer as razões de nossa fé. E os jovens devem compreender estas coisas. EF 14 4 Devem saber o que há de vir a acontecer antes do encerramento da história terrestre. Estas coisas dizem respeito a nosso bem-estar eterno, e cumpre a professores e alunos dar-lhes mais atenção. -- Testemunhos Seletos 2:411. EF 14 5 Devemos estudar os grandes sinais que indicam os tempos em que estamos vivendo. -- Manuscript Releases 4:163. EF 15 1 Os que se colocam sob a direção de Deus, para ser por Ele guiados, compreenderão a constante corrente dos acontecimentos que Ele ordenou. -- Serviço Cristão, 77. EF 15 2 Precisamos ver na História o cumprimento da profecia, estudar as atuações da Providência nos grandes movimentos reformatórios e compreender a progressão dos acontecimentos na arregimentação das nações para o conflito final da grande controvérsia. -- Testemunhos para a Igreja 8:307. Estudar especialmente os livros de Daniel e do Apocalipse EF 15 3 Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem Daniel e Apocalipse merecer a atenção como nunca dantes na história de nossa obra. ... A luz que Daniel recebeu de Deus foi dada especialmente para estes últimos dias. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 112-113. EF 15 4 Leiamos e estudemos o capítulo doze de Daniel. Ele é uma advertência que todos nós precisamos compreender antes do tempo de angústia. -- Manuscript Releases 15:228. EF 15 5 O último dos escritos do Novo Testamento está cheio de verdades cuja compreensão nos é necessária. -- Parábolas de Jesus, 133. EF 15 6 As predições do livro do Apocalipse que ainda não se cumpriram logo se cumprirão. Esta profecia deve ser agora estudada com diligência pelo povo de Deus e compreendida claramente. Ela não encobre a verdade; nos previne com clareza, contando-nos o que haverá no futuro. -- Notebook Leaflets 1:96. EF 16 1 As solenes mensagens que foram dadas, em sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de Deus. -- Testemunhos Seletos 3:278. O assunto deve ser mantido perante o povo EF 16 2 Muitos há que não compreendem as profecias referentes aos nossos dias, e precisam ser esclarecidos. É dever, tanto do vigia como do leigo, dar à trombeta sonido certo. -- Evangelismo, 194. EF 16 3 Ergam os vigias agora a voz e dêem a mensagem que é verdade presente para este tempo. Mostremos ao povo onde nos encontramos na história profética. -- Testemunhos Seletos 2:323. EF 16 4 Deus estabeleceu, porém, um dia para o término da história deste mundo: "Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." A profecia se cumpre rapidamente. Mas, muito mais deve ser dito acerca destes assuntos tremendamente importantes. Perto está o dia em que será decidido para sempre o destino de toda alma. ... EF 16 5 Deve-se fazer um grande esforço para manter este assunto perante o povo. O solene fato de que o dia do Senhor virá repentina e inesperadamente deve ser mantido não só perante as pessoas do mundo, mas também diante de nossas próprias igrejas. A terrível advertência da profecia é dirigida a toda alma. Ninguém julgue estar isento do perigo de ser apanhado de surpresa. Não permitais que a interpretação profética de pessoa alguma arrebate a convicção do conhecimento de ocorrências que revelam que este grande acontecimento está bem próximo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 335-336. Mantendo os eventos futuros na perspectiva correta EF 17 1 Não somos agora capazes de descrever acuradamente as cenas a serem representadas em nosso mundo no futuro; isto, porém, sabemos: que este é um tempo em que precisamos velar em oração; pois o grande dia do Senhor está às portas. -- Mensagens Escolhidas 2:35. EF 17 2 O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo que se refere a este assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro. -- Testemunhos Seletos 2:371. EF 17 3 Muitos desviarão o olhar dos deveres atuais, do conforto e das bênçãos no presente, e tomarão emprestado aflições com respeito à crise futura. Isso causará um tempo de angústia antecipado, e não receberemos graça para tais aflições antecipadas. -- Mensagens Escolhidas 3:383-384. EF 17 4 Há um tempo de angústia a sobrevir ao povo de Deus, mas não devemos manter isto constantemente diante dele, e incitá-lo para ter um tempo de angústia antecipado. Haverá uma sacudidura entre o povo de Deus, mas isto não é a verdade presente a ser levada às igrejas. -- Mensagens Escolhidas 1:180. ------------------------Capítulo 2 -- Sinais de que Cristo voltará em breve A grande profecia de nosso Senhor EF 18 1 Cristo preveniu Seus discípulos da destruição de Jerusalém e dos sinais que ocorreriam antes da vinda do Filho do homem. Todo o capítulo vinte e quatro de Mateus é uma profecia a respeito dos acontecimentos que precederão esse evento, e a destruição de Jerusalém é usada para representar a última grande destruição do mundo pelo fogo. -- Manuscrito 77, 1899. EF 18 2 Cristo, no Monte das Oliveiras, enumerou os juízos terríveis que deviam preceder Sua volta: "E ouvireis de guerras e de rumores de guerras." "Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores." Mateus 24:6-7. Se bem que essas profecias tivessem tido cumprimento parcial na destruição de Jerusalém, aplicam-se mais diretamente aos últimos dias. -- Testemunhos Seletos 2:351. Sinais nos céus EF 19 1 Ao fim da grande perseguição papal, declarou Cristo, o Sol se escureceria, e a Lua não daria sua luz. Em seguida, cairiam as estrelas do céu. E Ele diz: "Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas." Mateus 24:32-33. EF 19 2 Cristo deu sinais de Sua vinda. Declara que podemos conhecer quando Ele está perto, às portas. Ele diz daqueles que vêem estas coisas: "Não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam." Estes sinais apareceram. Agora sabemos com certeza que a vinda do Senhor está às portas. -- O Desejado de Todas as Nações, 632. Sinais na terra EF 19 3 Declara Jesus: "E haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e na Terra angústia das nações." Nos Lugares Celestiais, 21.25; Mateus 24:29; Marcos 13:24-26; Apocalipse 6:12-17. Os que contemplam estes prenúncios de Sua vinda, devem saber que "está próximo, às portas". Mateus 24:33. -- O Grande Conflito, 37-38. EF 19 4 As nações estão agitadas. Tempos de perplexidade se acham diante de nós. O coração dos homens está desmaiando de terror das coisas que sobrevirão ao mundo. Mas os que crêem em Deus ouvirão Sua voz em meio à tormenta, dizendo: "Sou Eu. Não temais." -- The Signs of the Times, 9 de Outubro de 1901. EF 20 1 Estranha e momentosa história está sendo registrada nos livros do Céu -- eventos que, segundo foi declarado, precederiam de perto o grande dia de Deus. Tudo no mundo está em agitação. -- Manuscript Releases 3:313. Falsos profetas EF 20 2 Como um dos sinais da destruição de Jerusalém, Cristo havia dito: "E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos." Mateus 24:11. Ergueram-se falsos profetas, enganando o povo, e levando grande número ao deserto. Mágicos e exorcistas, pretendendo miraculoso poder, arrastaram o povo após si, às solidões das montanhas. Mas esta profecia foi dada também para os últimos dias. Este sinal é o indício do segundo advento. -- O Desejado de Todas as Nações, 631. EF 20 3 Encontraremos falsas pretensões; erguer-se-ão falsos profetas; haverá falsos sonhos e visões falsas; pregai, porém, a Palavra, não vos desvieis da voz de Deus em Sua Palavra. -- Mensagens Escolhidas 2:49. EF 20 4 Têm-me sido mostrados muitos que pretenderão ser especialmente ensinados por Deus, e tentarão levar outros, e por erradas idéias de dever empreenderão uma obra que Deus nunca pôs sobre eles. O resultado será confusão. Busque cada um a Deus com mais fervor por si mesmo, para que possa compreender individualmente Sua vontade. -- Mensagens Escolhidas 2:72. Uma experiência com um falso profeta EF 21 1 Ontem à noite um jovem, estranho a todos nós, mas alegando ser um irmão de Vitória [Austrália], veio visitar-nos e disse que queria ver a Irmã White. Era de noite, e eu recusei vê-lo. Nós o convidamos, porém, a permanecer conosco durante a noite, e a tomar o desjejum. Após o nosso costumeiro culto matinal, ao estarmos prestes a nos dirigir a nossas várias ocupações, esse jovem se levantou, e com um gesto autoritário pediu que nos sentássemos. Ele disse: "Vocês têm hinários? Cantaremos um hino e então lhes transmitirei uma mensagem." Declarei: "Se tem uma mensagem, transmita-a sem demora, pois estamos com muita pressa de remeter a correspondência para a América, e não temos tempo a perder." Ele começou então a ler alguma coisa que havia escrito, declarando, entre outras coisas, que agora começou o julgamento dos vivos. ... EF 21 2 Eu prestei atenção enquanto ele prosseguia, e disse finalmente: "Meu irmão, você não está em perfeitas condições mentais. Exponha claramente como a sua mensagem se refere a nós. Por favor, nos diga isso imediatamente. Seu espírito está muito tenso e você compreende mal o seu trabalho. Grande parte do que disse está de acordo com a Bíblia e cremos em cada uma dessas palavras. Mas você se acha extremamente agitado. Por favor, declare o que tem para nós!" EF 21 3 Bom, ele disse que devíamos encaixotar as coisas e mudar-nos imediatamente para Battle Creek. Perguntei por que razão, e ele respondeu: "Para transmitir esta mensagem de que começou o julgamento dos vivos." Repliquei: "A obra que o Senhor nos deu para fazer ainda não está terminada. Quando nossa obra aqui estiver concluída, teremos certeza de que o Senhor nos fará saber que chegou a ocasião de nos mudarmos para Battle Creek, em vez de mostrar-lhe qual é o nosso dever." ... Deixei que o irmão Starr continuasse a falar com ele, enquanto eu reassumia o meu trabalho de escrever. EF 22 1 Ele disse ao irmão Starr que quando a Irmã White lhe falou tão bondosamente, mas com tanta autoridade, começou a ver que cometera um erro, e que as impressões que o haviam incitado tão vigorosamente não eram coerentes ou razoáveis. Embora nossa família seja grande, compondo-se de dez membros, além de três visitantes, decidimos deixar que este jovem fique conosco durante algum tempo. Não podemos permitir que vá ter com pessoas que o tratem asperamente e o condenem, nem desejamos que repita suas "revelações". Queremos que permaneça por um pouco de tempo onde possamos comunicar-nos com ele e, se for possível, conduzi-lo a caminhos seguros. -- Carta 66, 1894. Glutonaria e intemperança EF 22 2 A glutonaria e a intemperança constituem o fundamento da grande depravação moral em nosso mundo. Satanás está ciente disso, e tenta constantemente a homens e mulheres para que condescendam com a gula à custa da saúde e mesmo da própria vida. Comer, beber e vestir-se tornam-se o alvo da vida para o mundo. Tal estado de coisas existia antes do dilúvio. E este estado de dissipação é uma das marcantes evidências da breve terminação da história terrestre. -- Carta 34, 1875. EF 22 3 O quadro que a Inspiração nos deu do mundo antediluviano representa mui verdadeiramente a condição a que rapidamente a sociedade moderna caminha. -- Patriarcas e Profetas, 102. EF 23 1 Sabemos que o Senhor virá muito em breve. O mundo está rapidamente se tornando como era nos dias de Noé. Ele se acha entregue à condescendência egoísta. O comer e o beber são levados a excessos. Os homens estão tomando as nocivas bebidas alcoólicas que os deixam transtornados. -- Carta 308, 1907. Atos de violência EF 23 2 Nos dias de Noé a esmagadora maioria se opunha à verdade, e se apaixonara por um conjunto de falsidades. A Terra estava cheia de violência. A guerra, o crime e o homicídio eram a ordem do dia. Assim será também antes da segunda vinda de Cristo. -- The S.D.A. Bible Commentary 1:1090. EF 23 3 As uniões trabalhistas rapidamente se agitam e apelam à violência se suas reivindicações não são atendidas. Mais e mais claro está se tornando que os habitantes do mundo não estão em harmonia com Deus. Nenhuma teoria científica pode explicar a firme marcha de obreiros iníquos sob o comando de Satanás. Em toda multidão, anjos ímpios estão em operação, instando homens a cometer atos de violência. ... EF 23 4 A perversidade e crueldade dos homens alcançarão tal atitude que Deus Se revelará em Sua majestade. Muito em breve a impiedade do mundo terá atingido seu limite e, como nos dias de Noé, Deus derramará os Seus juízos. -- Olhando Para O Alto, 328. EF 23 5 Os terríveis relatos que ouvimos de homicídios e roubos, de acidentes ferroviários e atos de violência, declaram que o fim de todas as coisas está próximo. Agora, agora mesmo, precisamos estar nos preparando para a segunda vinda do Senhor. -- Carta 308, 1907. Guerras e desastres EF 24 1 Aproxima-se a tempestade, e precisamos aprontar-nos para sua fúria mediante arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. O Senhor Se levantará para sacudir terrivelmente a Terra. Veremos aflições por todos os lados. Milhares de navios serão arremessados para as profundezas do mar. Esquadras se submergirão, sendo sacrificados milhões de vidas humanas. Irromperão inesperadamente incêndios que nenhum esforço humano será capaz de extinguir. Os palácios da Terra serão varridos pela fúria das chamas. Tornar-se-ão mais e mais freqüentes os desastres de estrada de ferro; confusão, colisões e morte sem um momento de advertência ocorrerão nas grandes vias de comunicação. O fim está perto, a graça está a terminar. Oh! busquemos a Deus enquanto Se pode achar, invoquemo-Lo enquanto está perto! -- Mensagens aos Jovens, 89-90. EF 24 2 Nas últimas cenas da história terrestre, grassará a guerra. Haverá epidemias, pragas e fomes. As águas do oceano transporão seus limites. Propriedades e vidas serão destruídas pelo fogo e por inundações. Deveríamos estar nos preparando para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. -- Maranata, 172. Grandes bolas de fogo EF 24 3 Na última sexta-feira, pela manhã, pouco antes de acordar, uma cena muito impressionante me foi apresentada. Parecia que eu havia acordado, mas não estava em meu lar. Das janelas eu podia avistar um terrível incêndio. Grandes bolas de fogo caíam sobre as casas e dessas bolas voavam flechas incandescentes em todas as direções. Era impossível apagar os fogos que se acendiam, e muitos lugares estavam sendo destruídos. O terror do povo era indescritível. Depois de algum tempo, acordei e vi que estava em casa. -- Evangelismo, 29. EF 25 1 Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: "Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros, com acento de voz agoniante, diziam: "Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos." -- Testemunhos Seletos 3:296. Terremotos e inundações EF 25 2 O inimigo atuou no passado e ainda está atuando. Ele desceu com grande poder, e o Espírito de Deus está-Se retirando da Terra. Deus tem retirado Sua mão. Só temos de olhar para Johnstown [Pensilvânia]. Ele não impediu que o diabo acabasse com a existência de toda essa cidade. E essas mesmas coisas aumentarão até o fim da história terrestre. -- Sermons and Talks, 109. EF 25 3 A crosta terrestre será dilacerada pelas explosões dos elementos ocultos nas entranhas da Terra. Estes elementos, uma vez desprendidos, arrebatarão os tesouros dos que durante anos têm aumentado sua fortuna pela aquisição de grandes posses a preços de fome dos que estão ao seu serviço. E o mundo religioso também será terrivelmente abalado, pois o fim de todas as coisas está às portas. -- Manuscript Releases 3:208. EF 26 1 Chegou agora o tempo em que num momento podemos estar em terra sólida, e no outro momento pode ela estar fugindo de debaixo de nossos pés. Haverá terremotos onde menos se espera. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 421. EF 26 2 Em incêndios, em inundações, em terremotos, na fúria das grandes profundezas, nas calamidades por mar e terra, é transmitida a advertência de que o Espírito de Deus não agirá para sempre com os homens. -- Manuscript Releases 3:315. EF 26 3 Antes que o Filho do homem apareça nas nuvens do céu, tudo na Natureza estará em convulsão. Raios do céu unindo-se ao fogo na Terra farão com que as montanhas queimem como uma fornalha e lancem suas torrentes de lava sobre aldeias e cidades. Massas derretidas de rochas lançadas na água pela sublevação das coisas ocultas na Terra farão ferver a água e arremessarão pedras e terra. Haverá fortes terremotos e grande destruição de vidas humanas. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:946. Crimes, fomes e epidemias EF 26 4 Satanás está trabalhando na atmosfera; envenena-a, e aí dependemos de Deus quanto à vida -- nossa vida presente e eterna. E estando na posição em que nos encontramos, importa estarmos inteiramente alerta, totalmente devotados, de todo convertidos e consagrados a Deus. Mas parece que nos achamos como paralisados. Deus do Céu, desperta-nos! -- Mensagens Escolhidas 2:52. EF 27 1 Deus não tem impedido que os poderes das trevas levem avante sua ímpia obra de poluir o ar, uma das fontes de vida e nutrição, com um veneno fatal. Não somente é afetada a vida vegetal, mas o homem sofre de epidemias. ... Essas coisas são o resultado de gotas das taças da ira de Deus que estão sendo borrifadas sobre a Terra, e constituem apenas débeis representações do que acontecerá no futuro próximo. -- Mensagens Escolhidas 3:391. EF 27 2 As fomes aumentarão. Epidemias arrebatarão milhares de vidas. Perigos provenientes dos poderes de fora e de atuações satânicas por dentro estão por toda parte ao nosso redor, mas o poder moderador de Deus está sendo exercido atualmente. -- Manuscript Releases 19:382. EF 27 3 Foi-me mostrado que o Espírito do Senhor está-Se retirando da Terra. O poder mantenedor de Deus logo será recusado a todos os que continuam desrespeitando os Seus mandamentos. Os relatos de transações fraudulentas, homicídios e crimes de toda a espécie chegam até nós diariamente. A iniqüidade está-se tornando uma coisa tão comum que não ofende mais as suscetibilidades como em tempos passados. -- Carta 258, 1907. O desígnio de Deus nas calamidades EF 27 4 O que significam as horríveis calamidades no mar -- embarcações arremessadas para a eternidade sem aviso prévio? O que significam os acidentes na terra -- fogo consumindo as riquezas que homens acumularam, em grande parte pela opressão dos pobres? O Senhor não intervirá para proteger a propriedade daqueles que transgridem Sua lei, violam Seu concerto e calcam aos pés o Seu sábado, aceitando em seu lugar um dia de descanso espúrio. EF 28 1 As pragas de Deus já estão caindo sobre a Terra, arrebatando os edifícios mais suntuosos como por um sopro de fogo do Céu. Esses juízos não farão com que os cristãos professos caiam em si? Deus permite que sobrevenham para que o mundo se acautele, para que os pecadores temam e tremam diante dEle. -- Manuscript Releases 3:311. EF 28 2 Deus tem um propósito ao permitir que ocorram essas calamidades. Elas constituem um de Seus meios para chamar homens e mulheres à razão. Mediante atuações incomuns pela Natureza, Deus expressará a instrumentalidades humanas em dúvida o que Ele revela claramente em Sua Palavra. -- Manuscript Releases 19:279. EF 28 3 Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da Natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo. -- Profetas e Reis, 277. Os eventos futuros estão nas mãos do Senhor EF 29 1 O mundo não está sem um governante. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja. -- Testemunhos Seletos 2:352. EF 29 2 Essas representações simbólicas [as serpentes ardentes no deserto] têm dupla finalidade. O povo de Deus não somente aprende delas que as forças físicas da Terra estão sob o controle do Criador, mas também que os movimentos religiosos das nações se acham sob o Seu domínio. Isto é especialmente verdade no tocante à imposição da observância do domingo. -- Manuscript Releases 19:281. EF 29 3 Na grande obra de finalização nos defrontaremos com perplexidades que não saberemos contornar, mas não nos esqueçamos de que as três grandes potestades do Céu estão atuando, que a divina mão está posta ao leme, e Deus fará cumprir os Seus desígnios. -- Evangelismo, 65. EF 29 4 Assim como aquela complicação de semelhanças de rodas se achava sob a direção da mão que havia sob as asas dos querubins, o complicado jogo dos sucessos humanos acha-se sob a direção divina. Por entre as contendas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta acima dos querubins ainda dirige os negócios da Terra. Ver Ezequiel 1:4-26; Ezequiel 10:8; Daniel 4:17, 25-32. -- Educação, 178. EF 29 5 Nos anais da história humana, o desenvolvimento das nações, o nascimento e queda dos impérios, aparecem como que dependendo da vontade e proeza do homem; a configuração dos acontecimentos parece determinada em grande medida pelo seu poder, ambição ou capricho. Mas na Palavra de Deus a cortina é afastada, e podemos ver acima, para trás e pelos lados as partidas e contrapartidas do interesse, poder e paixões humanos -- as instrumentalidades do Todo-misericordioso -- executando paciente e silenciosamente os conselhos de Sua própria vontade. -- Profetas e Reis, 499-500. A consideração do céu pelas questões da terra EF 30 1 Poupando a vida do primeiro homicida, Deus apresentou diante de todo o Universo uma lição que dizia respeito ao grande conflito. ... Foi o Seu intuito não somente abater a rebelião, mas demonstrar a todo o Universo a natureza da mesma. ... Os santos habitantes de outros mundos estavam a observar com o mais profundo interesse os acontecimentos que se desenrolavam na Terra. ... EF 30 2 Deus tem consigo a simpatia e aprovação do Universo inteiro, enquanto passo a passo Seu grande plano avança para o completo cumprimento. -- Patriarcas e Profetas, 78-79. EF 30 3 O ato de Cristo ao morrer pela salvação do homem, não somente tornaria o Céu acessível à humanidade, mas perante todo o Universo justificaria a Deus e Seu Filho, em Seu trato com a rebelião de Satanás. -- Patriarcas e Profetas, 69. EF 30 4 Todo o Universo está observando com inexprimível interesse as cenas finais da grande controvérsia entre o bem e o mal. -- Profetas e Reis, 148. EF 31 1 Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. -- O Desejado de Todas as Nações, 19. ------------------------Capítulo 3 -- "Quando sucederão estas coisas?" Os discípulos interrogam a Cristo acerca de sua volta EF 32 1 As palavras de Cristo (Mateus 24:2) foram proferidas aos ouvidos de grande número de pessoas; mas quando Ele Se achava só, sentado sobre o Monte das Oliveiras, Pedro, João, Tiago e André foram ter com Ele: "Dize-nos", perguntaram, "quando serão estas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?" EF 32 2 Jesus não respondeu aos discípulos falando em separado da destruição de Jerusalém e do grande dia de Sua vinda. Misturou a descrição dos dois acontecimentos. Houvesse desenrolado perante os discípulos os eventos futuros segundo Ele os via, e não teriam podido suportar esse espetáculo. Por misericórdia com eles, Jesus misturou a descrição das duas grandes crises, deixando aos discípulos o procurar por si mesmos a significação. -- O Desejado de Todas as Nações, 628. O tempo da volta de Cristo não é conhecido EF 32 3 Muitos que se têm chamado adventistas, têm marcado tempo. Repetidamente marcaram uma data para a vinda de Cristo; e repetidos fracassos têm sido o resultado. O tempo exato da vinda de nosso Senhor, diz a Bíblia, acha-se além do conhecimento dos mortais. Mesmo os anjos que ministram aos que hão de ser herdeiros da salvação, não sabem o dia nem a hora. "Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do Céu, mas unicamente Meu Pai." Mateus 24:36. -- Testemunhos Seletos 1:504. EF 33 1 Não devemos saber o tempo exato para o derramamento do Espírito Santo ou para a vinda de Cristo. ... Por que Deus não nos deu este conhecimento? -- Porque se o fizesse, não faríamos correto uso dele. Desse conhecimento resultaria um estado de coisas entre o nosso povo que retardaria consideravelmente a obra de Deus no sentido de preparar um povo que permaneça em pé no grande dia que está para vir. Não devemos viver ansiosos quanto ao tempo. ... EF 33 2 Não sereis capazes de dizer que Ele virá dentro de um, dois ou cinco anos, nem deveis protelar Sua vinda declarando que talvez não ocorra dentro de dez ou vinte anos. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1892. EF 33 3 Aproximamo-nos do grande dia de Deus. Os sinais estão-se cumprindo. E, no entanto, não temos uma mensagem que nos diga o dia e a hora do aparecimento de Cristo. O Senhor ocultou isso prudentemente de nós, para que sempre estejamos num estado de expectativa e de preparação para o segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo nas nuvens do céu. -- Carta 28, 1897. EF 33 4 O tempo exato da segunda vinda do Filho do homem é mistério de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 633. Nossa mensagem não é a de marcar tempo EF 34 1 Não pertencemos à classe de pessoas que definem o exato período de tempo que decorrerá antes da segunda vinda de Jesus com poder e grande glória. Alguns marcaram certo tempo, e quando esse tempo passou, seu espírito presunçoso não aceitou a repreensão, e eles têm marcado diversas outras datas; numerosos malogros sucessivos caracterizaram-nos, porém, como falsos profetas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 335. EF 34 2 Deus não dá a nenhum homem uma mensagem de que decorrerão cinco, dez ou vinte anos antes que termine a história deste mundo. Ele não quer dar um pretexto para os seres viventes adiarem a preparação para o Seu aparecimento. Não quer que alguém diga a mesma coisa que o servo infiel: "Meu Senhor está demorando muito para voltar", pois isso conduz a temerária negligência das oportunidades e privilégios concedidos para preparar-nos para aquele grande dia. -- The Review and Herald, 27 de Novembro de 1900. Marcar tempo ocasiona descrença EF 34 3 Por isso que passou repetidamente a data marcada, o mundo está hoje em mais positivo estado de incredulidade do que antes, com respeito ao próximo advento de Cristo. Consideram com aborrecimento os fracassos dos que marcaram tempo; e por isso que os homens têm sido assim enganados, dão costas à verdade consubstanciada pela Palavra de Deus, de estar às portas o fim de todas as coisas. -- Testemunhos Seletos 1:504. EF 34 4 Entendo que o irmão [E. P.] Daniels tem, por assim dizer, marcado tempo, afirmando que o Senhor virá dentro de cinco anos. Pois bem, espero que não se alastre a impressão de que marcamos tempo. Que não se faça tais comentários. Eles não produzem nenhum benefício. Não procureis obter um reavivamento com base em algo dessa natureza, mas seja usada a devida cautela em toda palavra proferida, para que pessoas fanáticas não se aproveitem de alguma coisa para produzir um avivamento que entristeça assim o Espírito do Senhor. EF 35 1 Não precisamos incitar as paixões das pessoas para provocar agitações em que sejam instigados os sentimentos e os princípios não assumam o controle. Acho que temos de estar de sobreaviso de todos os lados, porque Satanás está em atividade para fazer tudo que estiver ao seu alcance a fim de insinuar seus ardis e artimanhas que sejam um poder para causar dano. Qualquer coisa que cause agitação e produza movimentação por motivos errôneos deve ser temida, pois certamente haverá reação. -- Carta 34, 1887. EF 35 2 Sempre haverá movimentos falsos e fanáticos feitos na igreja por pessoas que pretendem ser dirigidas por Deus -- pessoas que correrão antes de ser enviadas, e darão dia e data para o cumprimento da profecia não cumprida. O inimigo se agrada de que assim procedam, pois seus sucessivos fracassos e direção em sentido falso, causam confusão e incredulidade. -- Mensagens Escolhidas 2:84. Nenhuma profecia de tempo além de 1844 EF 35 3 Declarei positivamente na reunião campal de Jackson a esses grupos fanáticos, que estavam fazendo a obra do adversário das almas; achavam-se em trevas. Eles pretendiam possuir grande iluminação quanto ao fim do tempo de graça em Outubro de 1844. Declarei ali em público que o Senhor fora servido de mostrar-me que não haveria nenhum tempo definido na mensagem dada por Deus desde 1844. -- Mensagens Escolhidas 2:73. EF 36 1 Nossa posição tem sido a de esperar e vigiar, sem proclamações de algum tempo para interpor-se entre o fim dos períodos proféticos em 1844 e o tempo da vinda de nosso Senhor. -- Manuscript Releases 10:270. EF 36 2 O povo não terá outra mensagem sobre um tempo definido. Depois desse período de tempo (Apocalipse 10:4-6), estendendo-se de 1842 a 1844, não pode haver um traçado definido do tempo profético. A contagem mais longa vai até o outono de 1844. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:971. Ellen White esperava a volta de Cristo em seu tempo EF 36 3 Foi-me mostrado o grupo de pessoas presentes à Assembléia. Disse o anjo: "Alguns, alimento para os vermes, alguns submetidos às sete últimas pragas, alguns estarão vivos e permanecerão sobre a Terra para serem trasladados por ocasião da vinda de Jesus." -- Testemunhos para a Igreja 1:131-132. EF 36 4 O tempo é curto, por isso devemos trabalhar com diligência e redobrada energia. Nossos filhos talvez nunca ingressem na faculdade. -- Testemunhos para a Igreja 3:159. EF 36 5 Na realidade não é prudente ter filhos agora. O tempo é curto, os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e as criancinhas, em grande parte, serão levadas antes disso. -- Carta 48, 1876. EF 37 1 Nesse século do mundo, quando as cenas da história terrestre em breve hão de terminar e estamos prestes a entrar no tempo da angústia tal como nunca houve, quanto menor o número de casamentos realizados tanto melhor para todos, homens e mulheres. -- Testemunhos Seletos 2:124. EF 37 2 Chegará a hora; não está muito distante, e alguns de nós que agora cremos estarão vivos sobre a Terra e verão confirmar-se a predição, e ouvirão a voz do arcanjo e a trombeta de Deus ecoar de montanhas, de planícies e do mar às partes mais longínquas da Terra. -- The Review and Herald, 31 de Julho de 1888. EF 37 3 O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. -- Mensagens Escolhidas 1:363. A demora explicada EF 37 4 A longa noite de trevas é probante, mas em misericórdia é adiada a manhã, porque se o Mestre viesse, quantos se achariam desapercebidos! -- Testemunhos para a Igreja 2:194. EF 37 5 Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus lhes abria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes para receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. ... Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. ... EF 38 1 Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderna na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. -- Evangelismo, 695-696. EF 38 2 Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe era designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória. -- O Desejado de Todas as Nações, 634. As promessas de Deus são condicionais EF 38 3 Em suas mensagens aos homens, os anjos de Deus apresentam o tempo como sendo muito breve. Ver Romanos 13:11-12; 1 Coríntios 7:29; 1 Tessalonicenses 4:15-17; Hebreus 10:25; Tiago 5:8-9; 1 Pedro 4:7; Apocalipse 22:6-7. Assim me tem sempre sido apresentado. Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais. Ver Jeremias 18:7-10; Jonas 3:4-10. ... EF 39 1 Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela conseqüência de seu próprio procedimento errado. -- Evangelismo, 695-696. Pelo que Cristo está esperando EF 39 2 Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter e Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. EF 39 3 Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão. -- Parábolas de Jesus, 69. EF 39 4 Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. Não nos cabe apenas aguardar, mas apressar o dia de Deus. 2 Pedro 3:12. -- O Desejado de Todas as Nações, 633-634. EF 39 5 Ele... pôs ao nosso alcance, mediante a cooperação com Ele, levar esta cena de miséria a termo. -- Educação, 264. Um limite à clemência de Deus EF 39 6 Com infalível precisão, o Ser infinito ainda mantém, por assim dizer, uma conta com todas as nações. Enquanto Sua misericórdia se oferece com convites ao arrependimento, esta conta permanecerá aberta; quando, porém, os algarismos atingem um certo total que Deus fixou, começa o ministério de Sua ira. -- Testemunhos Seletos 2:63. EF 40 1 Deus mantém um registro das nações. Os números estão-se avolumando contra elas nos livros do Céu, e quando se houver tornado uma lei que a transgressão do primeiro dia da semana será enfrentada com punições, então sua medida estará cheia. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:910. EF 40 2 Deus mantém uma conta com as nações. ...Quando chegar plenamente o tempo em que a iniqüidade terá atingido o prescrito limite da misericórdia de Deus, cessará Sua clemência. Quando os números acumulados nos livros de registro do Céu indicarem que o total da transgressão está completo, virá a ira. -- Testemunhos para a Igreja 5:524. EF 40 3 Ao mesmo tempo em que a misericórdia de Deus suporta longamente o transgressor, há um limite além do qual os homens não podem ir no pecado. Quando é atingido aquele limite, os oferecimentos de misericórdia são retirados, e inicia-se o ministério do juízo. -- Patriarcas e Profetas, 162-165. EF 40 4 Tempo virá em que em suas fraudes e insolências os homens atingirão o ponto que o Senhor não permitirá que transponham, e aprenderão que há um limite para a longanimidade de Jeová. -- Testemunhos Seletos 3:281-282. EF 40 5 Há um limite além do qual os juízos de Jeová não podem mais ser detidos. -- Profetas e Reis, 417. A transgressão quase atingiu o seu limite EF 41 1 O tempo durará um pouco mais até que os habitantes da Terra tenham enchido a medida de sua iniqüidade, e então a ira de Deus, que por tanto tempo tem estado dormitando, se despertará, e esta terra de luz beberá da taça de Sua ira sem mistura. -- Testemunhos para a Igreja 1:363. EF 41 2 A medida da iniqüidade está quase cheia, e a justiça eqüitativa de Deus está prestes a cair sobre os culpados. -- Testemunhos para a Igreja 4:489. EF 41 3 A maldade dos habitantes do mundo já quase chegou ao ponto em que Deus há de permitir ao destruidor operar com ela segundo sua vontade. -- Testemunhos Seletos 3:142. EF 41 4 A transgressão já atingiu quase seus limites. O mundo está cheio de confusão, e em breve apoderar-se-á das criaturas humanas um grande terror. O fim está muito próximo. Nós, que conhecemos a verdade, nos devemos estar preparando para o que está prestes a rebentar sobre o mundo numa esmagadora surpresa. -- Serviço Cristão, 51. Devemos ter em mente o grande dia de Deus EF 41 5 Precisamos acostumar-nos a pensar e demorar-nos sobre as grandes cenas do julgamento que se acha precisamente diante de nós, e então, ao mantermos diante de nós as cenas do grande dia de Deus em que tudo será revelado, isso influirá sobre o nosso caráter. Um irmão me disse: EF 41 6 "Irmã White, acha que o Senhor virá dentro de dez anos?" EF 42 1 "Que diferença fará para o irmão se Ele vier dentro de dois, quatro ou dez anos?" EF 42 2 "Ora", disse ele, "penso que, nalguns aspectos, eu agiria de modo diferente do que faço agora, se soubesse que o Senhor viria dentro de dez anos." EF 42 3 "O que o irmão faria?" perguntei. EF 42 4 "Ora", disse ele, "eu venderia minha propriedade, começaria a examinar a Palavra de Deus, procuraria advertir as pessoas e levá-las a se prepararem para Sua vinda, e suplicaria a Deus que eu estivesse preparado para o encontro com Ele." EF 42 5 Então perguntei: "Se soubesse que o Senhor não viria dentro de vinte anos, viveria de maneira diferente?" EF 42 6 Ele respondeu: "Penso que sim." ... EF 42 7 Quão egoísta era a expressão de que levaria uma vida diferente caso soubesse que o seu Senhor viria dentro de dez anos! Pois bem, Enoque andou trezentos anos com Deus. Isto é uma lição para nós, a fim de que andemos cada dia com Deus, e não estaremos seguros se não esperarmos e vigiarmos. -- Manuscrito 10, 1886. A brevidade do tempo EF 42 8 Que o Senhor, de dia e de noite, não dê descanso aos que são agora descuidados e na causa e obra de Deus! O fim está próximo. Isto é o que Jesus quer que sempre mantenhamos diante de nós -- a brevidade do tempo. -- Carta 97, 1886. EF 42 9 Quando, com os remidos, estivermos em pé sobre o mar de vidro, com harpas de ouro e coroas de glória, tendo à nossa frente a imensurável eternidade, então veremos como foi curto o período de provação e espera. -- Manuscript Releases 10:266. ------------------------Capítulo 4 -- A igreja de Deus nos últimos dias O povo de Deus guarda os seus mandamentos EF 43 1 Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. ... EF 43 2 No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados. ... EF 43 3 Sejam todos cuidadosos para não clamarem contra o único povo que está cumprindo a descrição dada do povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé em Jesus. ... Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em suas facilidades para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. ... Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, estais errado. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 50, 58-59. Eles têm o testemunho de Jesus EF 44 1 À proporção que se avizinha o fim e há um contínuo crescimento da obra, que tem por objetivo transmitir ao mundo a última advertência, vai-se tornando mais importante para os que abraçaram a verdade, possuir uma compreensão clara tanto da natureza como da influência dos Testemunhos que Deus, em Sua providência, vinculou à obra da terceira mensagem angélica desde a sua origem. -- Testemunhos Seletos 2:270. EF 44 2 Os homens poderão apresentar um ardil após o outro, e o inimigo procurará desviar as almas da verdade, mas todos os que crêem que o Senhor tem falado por intermédio da irmã White, e lhe tem dado uma mensagem, estarão livres dos muitos enganos que surgirão nestes últimos dias. -- Mensagens Escolhidas 3:83-84. EF 44 3 Haverá pessoas que pretenderão ter visões. Quando Deus vos der claro testemunho de que a visão é dEle, podeis aceitá-la, mas não aceiteis sob nenhum outro testemunho; pois o povo vai ser mais e mais desencaminhado em países estrangeiros e na América. -- Mensagens Escolhidas 2:72. Os seus marcos: as doutrinas bíblicas EF 44 4 O passar do tempo em 1844 foi um período de grandes acontecimentos, expondo ao nosso admirado olhar a purificação do santuário que ocorre no Céu, e tendo clara relação com o povo de Deus na Terra, e com as mensagens do primeiro, do segundo e do terceiro anjo, desfraldando o estandarte em que havia a inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Um dos marcos desta mensagem era o templo de Deus, visto no Céu por Seu povo que ama a verdade, e a arca, que contém a lei de Deus. A luz do sábado do quarto mandamento lançava os seus fortes raios no caminho dos transgressores da lei de Deus. A não-imortalidade dos ímpios é um marco antigo. Não consigo lembrar-me de alguma outra coisa que possa ser colocado na categoria dos velhos marcos. -- Counsels to Writers and Editors, 30-31. A missão especial dos adventistas do sétimo dia EF 45 1 O Senhor nos tornou os depositários de Sua lei; Ele confiou-nos a sagrada e eterna verdade, que deve ser transmitida a outros em fiéis advertências, repreensões e encorajamento. -- Testemunhos para a Igreja 5:381. EF 45 2 Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo. -- Testemunhos Seletos 3:140. EF 45 3 Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. -- Testemunhos Seletos 3:288. Por que foi organizada a igreja Adventista do Sétimo Dia EF 46 1 Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção do ministério, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os ministros, para conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins. ... EF 46 2 Seu Espírito nos iluminou, mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e era essencial a organização. Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 26. A organização sempre será essencial EF 46 3 A menos que as igrejas sejam organizadas de tal maneira que possam ter e impor ordem, nada poderão esperar quanto ao futuro. -- Testemunhos para a Igreja 1:270. EF 47 1 Oh! como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo, e desorganizar a obra num tempo em que a organização integral é essencial, e constitui a maior força para evitar os levantes espúrios, e refutar pretensões não abonadas pela Palavra de Deus! Precisamos manter as linhas uniformemente, para que não haja quebra do sistema de organização e ordem, que se ergueu por meio de sábio, cuidadoso labor. Não se deve dar autonomia a elementos desordeiros que desejem controlar a obra neste tempo. EF 47 2 Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. -- Testemunhos Seletos 3:405-406. EF 47 3 À medida que nos aproximamos da crise final, em vez de achar que há menos necessidade de ordem e harmonia de ação, devemos ser mais sistemáticos do que temos sido até agora. -- Mensagens Escolhidas 3:26. A autoridade especial da igreja de Deus EF 47 4 Deus investiu Sua Igreja de especial autoridade e poder que ninguém tem razão em desrespeitar e desprezar, pois ao proceder assim está desprezando a voz de Deus. -- Testemunhos para a Igreja 3:417. EF 47 5 O mais alto poder abaixo do Céu, concedeu o Senhor a Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo reunido na qualidade de uma igreja, que deve ser respeitada. -- Testemunhos Seletos 1:395. Um tempo de debilidade e cegueira espirituais EF 48 1 Foi confirmado tudo quanto declarei em Mineápolis: que precisava haver uma reforma nas igrejas. Deviam ser efetuadas reformas, pois a debilidade e a cegueira espirituais se apossaram das pessoas que tinham sido agraciadas com grande luz e preciosas oportunidades e privilégios. Como reformadores, elas haviam saído das igrejas denominacionais, mas desempenham agora uma parte semelhante à que desempenharam as igrejas. Tínhamos a esperança de que não haveria necessidade de outra saída. Embora nos esforcemos por "preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz", não deixaremos, pela pena e pela voz, de protestar contra o fanatismo. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 356-357. EF 48 2 Cristo diz o seguinte daqueles que se ufanam de sua luz mas não andam nela: "Por isso Eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós outros. E tu, Cafarnaum [adventistas do sétimo dia que tiveram grande luz], que te ergues até aos céus [com referência a privilégios], serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje." The Review and Herald, 1 de Agosto de 1893. EF 49 1 A igreja está na condição laodiceana. A presença de Deus não está no meio dela. -- Notebook Leaflets 1:99. Abuso de poder na sede da igreja EF 49 2 A própria Associação Geral se está corrompendo com sentimentos e princípios errôneos. ... EF 49 3 Têm os homens tirado injusta vantagem sobre aqueles que eles supõem estarem sob sua jurisdição. Determinaram coagir os indivíduos; governariam ou arruinariam. ... EF 49 4 O poder despótico que se tem desenvolvido, como se a posição tivesse feito dos homens deuses, faz-me temer, e deveria causar temor. É uma maldição onde quer e por quem quer que seja exercido. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 359-361. EF 49 5 Há pesadas responsabilidades em demasia sobre uns poucos homens, e alguns não fazem de Deus o seu Conselheiro. Que sabem esses homens das necessidades da obra em campos estrangeiros? De que modo poderão saber como decidir as perguntas que lhes vêm, pedindo informação? Seriam necessários três meses para os que estão em campos estrangeiros receberem a resposta de suas perguntas, mesmo que não houvesse demora em escrever. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 321. EF 49 6 Os que vivem em países distantes não farão o que o bom senso lhes diz que é correto sem primeiro pedirem permissão a Battle Creek. Antes de prosseguirem, eles aguardam o Sim ou o Não desse lugar. -- Special Testimonies, Series A, 9:32. EF 50 1 Não é sensato escolher só um homem para Presidente da Associação Geral. A obra da Associação Geral tem-se estendido, e algumas coisas se têm tornado desnecessariamente complicadas. Tem-se revelado uma falta de discernimento. Deve haver uma divisão do campo ou se deve idear qualquer outro plano para mudar a presente ordem de coisas. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 342. Líderes imprudentes não falam por Deus EF 50 2 A voz de Battle Creek, que tem sido considerada como autoridade para determinar de que maneira deve ser efetuada a obra, não é mais a voz de Deus. -- Manuscript Releases 17:185. EF 50 3 Faz alguns anos que eu considerava a Associação Geral como a voz de Deus. -- Manuscript Releases 17:216. EF 50 4 Isso desses homens se encontrarem num lugar sagrado, para serem como a voz de Deus para o povo, conforme antes acreditávamos ser a Associação Geral -- é algo que já passou. -- The General Conference Bulletin, 3 de Abril de 1901, p. 25. Não há necessidade de uma nova denominação EF 51 1 Tomais passagens dos Testemunhos que falam do fim do tempo da graça, da sacudidura do povo de Deus, e falais da saída dentre esse povo de um outro povo mais puro, santo, que surgirá. Ora, tudo isso agrada ao inimigo. ... Aceitassem muitos os pontos de vista que avançais, e falassem e agissem baseados nisso, e veríamos uma das maiores exibições de fanatismo jamais testemunhadas entre os adventistas do sétimo dia. Isso é o que Satanás quer. -- Mensagens Escolhidas 1:179. EF 51 2 O Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os adventistas do sétimo dia Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. Todas as razões que possais apresentar não podem, quanto a mim, ter peso nesse assunto, porque o Senhor me deu decisivo esclarecimento em oposição a tal mensagem. EF 51 3 Sei que o Senhor ama Sua igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. -- Mensagens Escolhidas 2:63, 68-69. EF 51 4 Digo-vos, meus irmãos, que o Senhor tem um corpo organizado por cujo intermédio Ele irá operar. ... Quando alguém se afasta do corpo organizado do povo que observa os mandamentos de Deus, quando começa a pesar a Igreja em suas balanças humanas e a acusá-la, podeis saber que Deus não o está dirigindo. Ele se encontra no caminho errado. -- Mensagens Escolhidas 3:17-18. Deus porá tudo em ordem EF 52 1 Não há necessidade de duvidar, de estar temeroso de que a obra não seja bem-sucedida. Deus está à testa da obra, e porá tudo em ordem. Caso haja coisas necessitando serem ajustadas na direção da obra, Deus atenderá a isso, e trabalhará para endireitar todo erro. Tenhamos fé que Deus vai conduzir a nobre nau que transporta o Seu povo, em segurança, para o porto. -- Mensagens Escolhidas 2:390. EF 52 2 Não tem Deus uma igreja viva? Ele tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante. Entristecemo-nos de que haja membros defeituosos, de que haja joio no meio do trigo. ... Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 45-49. EF 52 3 Os baluartes de Satanás nunca hão de triunfar. A vitória acompanhará a terceira mensagem angélica. Como o Capitão do exército do Senhor derribou os muros de Jericó, assim triunfará o povo que guarda os mandamentos do Senhor e serão derrotados todos os elementos oponentes. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 410. É recomendada a distribuição de responsabilidades EF 53 1 O que necessitamos agora é de reorganização. Precisamos começar pelos alicerces e edificar sobre um princípio diferente. ... EF 53 2 Aqui há homens que estão à frente de nossas várias instituições, dos interesses educacionais e das associações em localidades e Estados diferentes. Todos estes devem ser homens representativos, ter voz ativa em elaborar e formar os planos que serão postos em execução. Deve haver mais de um, dois ou três homens para atender a todo o vasto campo. A obra é grande, e não há uma mente humana que, por si só, possa planejar a obra que precisa ser efetuada. ... EF 53 3 Pois bem, desejo dizer que Deus não pôs algum régio poder em nossas fileiras para controlar este ou aquele ramo da obra. O trabalho tem sido muito restringido pelos esforços para controlá-lo em todo o sentido. ... Precisa haver uma renovação, uma reorganização; tem de ser introduzido um poder e vigor nas comissões que são necessárias. -- The General Conference Bulletin, 3 de Abril de 1901, p. 25-26. EF 53 4 Devem ser formadas novas associações. Estava de acordo com o plano de Deus que fosse organizada a União-associação na Australásia. ... Não é necessário mandar pedir o conselho de Battle Creek, a milhares de quilômetros de distância, e ter então de esperar semanas pela resposta. Aqueles que se encontram no próprio local devem decidir o que tem de ser feito. -- The General Conference Bulletin, 5 de Abril de 1901, p. 69-70. A assembléia da Associação Geral de 1901 se mostra sensível EF 54 1 Quem supondes vós tem estado entre nós desde que começou esta assembléia? Quem tem mantido afastados os aspectos censuráveis que geralmente aparecem numa reunião como essa? Quem tem andado de um lado para outro nos corredores deste Tabernáculo? O Deus do Céu e Seus anjos. E eles não vieram até aqui para dilacerar-vos, mas para conceder-vos mentes sãs e tranqüilas. Têm estado entre nós para realizar as obras de Deus, e deter os poderes das trevas, para que não fosse impedida a obra que Ele queria que se realizasse. Os anjos de Deus têm estado trabalhando entre nós. ... EF 54 2 Nunca fiquei mais surpresa em minha vida do que pelo rumo que as coisas tomaram nesta reunião. Esta obra não é nossa. Foi efetuada por Deus. Foram-me apresentadas instruções a esse respeito, mas até que a questão fosse resolvida nesta reunião, não consegui entender tais instruções. Anjos de Deus têm andado de um lado para outro nesta congregação. Desejo que cada um de vós se lembre disso, e desejo que vos lembreis também de que Deus disse que curaria as feridas de Seu povo. -- The General Conference Bulletin, 25 de Abril de 1901, p. 463-464. EF 54 3 Durante a assembléia da Associação Geral o Senhor atuou poderosamente por Seu povo. Toda vez que penso nessa reunião, uma agradável solenidade se apodera de mim, transmitindo-me à alma um fulgor de gratidão. Vimos os majestosos passos do Senhor nosso Redentor. Louvamos o Seu santo nome, pois Ele trouxe livramento a Seu povo. -- The Review and Herald, 26 de Novembro de 1901. EF 55 1 Tem sido necessário organizar uniões-associações, para que a Associação Geral não exerça um domínio arbitrário sobre todas as associações separadas. O poder conferido à Associação não deve concentrar-se num só homem, ou em dois ou seis; deve haver um conselho de homens sobre as divisões separadas. -- Manuscrito 26, 3 de Abril de 1903. É reafirmada a confiança na organização Adventista do Sétimo Dia EF 55 2 Não podemos desviar-nos agora do fundamento estabelecido por Deus. Não podemos agora entrar em nenhuma nova organização; pois isto significaria apostasia da verdade. -- Mensagens Escolhidas 2:390. EF 55 3 Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo: Deus chamou-nos como um povo para sermos-Lhe particular tesouro. Ele designou que Sua igreja na Terra esteja perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos exércitos até ao fim do tempo. -- Mensagens Escolhidas 2:397. EF 55 4 Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isto não equivale a dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma Assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. EF 56 1 Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Associação Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e avançamento de Sua obra. -- Testemunhos Seletos 3:408. EF 56 2 Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar; pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 164. EF 56 3 Sou animada e beneficiada ao compreender o que o Deus de Israel ainda guia Seu povo, e que continuará com eles, até ao fim. -- Mensagens Escolhidas 2:406. Uma declaração de W. C. White EF 56 4 Eu lhe contei [à Sra. Lida Scott] como Mamãe considerava a experiência da Igreja remanescente, e falei sobre o seu ensino positivo de que Deus não permitiria que esta denominação apostatasse tão completamente que houvesse o aparecimento de outra igreja. Carta de W. C. White a E. E. Andross, 23 de Maio de 1915, Arquivo de Correspondência do Patrimônio Literário White. O reavivamento espiritual ainda é necessário EF 57 1 Certa vez, ao meio-dia, eu estava escrevendo sobre a obra que poderia ter sido realizada na última assembléia da Associação Geral [1901] se os homens em posição de confiança houvessem seguido a vontade e o caminho de Deus. Os que têm tido grande luz não têm andado na luz. A reunião se encerrou, e não foi efetuada a mudança. Os homens não se humilharam diante do Senhor, como deveriam ter feito, e não foi comunicado o Espírito Santo. EF 57 2 Eu havia escrito até esse ponto, quando perdi a consciência e parecia estar presenciando uma cena em Battle Creek. EF 57 3 Estávamos reunidos no auditório do Tabernáculo. Foi feita uma oração, cantado um hino e houve outra oração. Fizeram-se fervorosas súplicas a Deus. A reunião foi assinalada pela presença do Espírito Santo. ... EF 57 4 Ninguém parecia ser tão orgulhoso que não pudesse fazer sincera confissão, e os que tomaram a dianteira nessa obra foram os que tinham influência, mas antes não tiveram coragem para confessar seus pecados. EF 57 5 Houve tal regozijo como nunca dantes se ouvira no Tabernáculo. EF 57 6 Então despertei de meu estado de inconsciência e durante algum tempo não consegui lembrar-me de onde eu estava. Ainda tinha a caneta na mão. Foram-me proferidas as palavras: "Isto poderia haver acontecido. O Senhor esperava realizar tudo isso por Seu povo. Todo o Céu estava à espera para ser benigno." Pensei onde poderíamos encontrar-nos se houvesse sido efetuada uma obra cabal na última assembléia da Associação Geral. -- Testemunhos para a Igreja 8:104-106. EF 58 1 Fiquei profundamente impressionada pelas cenas que recentemente passaram diante de mim, à noite. Parecia existir um grande movimento -- um trabalho de reavivamento -- em ação em vários lugares. Nosso povo movia-se em linha e respondia ao apelo de Deus. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 515. A paciência de Deus com seu povo EF 58 2 A Igreja falhou, falhou deploravelmente, em corresponder às expectativas de seu Redentor, e, contudo, o Senhor não Se afasta de Seu povo. Ainda é complacente com eles, não por causa de alguma bondade que se encontre neles, mas para que o Seu nome não seja desonrado perante os inimigos da verdade e da justiça, para que as instrumentalidades satânicas não exultem na destruição do povo de Deus. Por muito tempo Ele tem suportado sua obstinação, descrença e insensatez. O Senhor os tem disciplinado com admirável clemência e compaixão. Se atenderem às Suas instruções, Ele removerá suas más tendências, salvando-os com uma salvação eterna e tornando-os eternos monumentos do poder de Sua graça. -- The Signs of the Times, 13 de Novembro de 1901. EF 58 3 Devemos lembrar que a igreja, enfraquecida e defeituosa como seja, é o único objeto na Terra a que Cristo concede Sua suprema consideração. Ele vela constantemente com solicitude por ela, e fortalece-a por Seu Espírito Santo. -- Mensagens Escolhidas 2:396. Deus coopera com os que são fiéis a Ele EF 59 1 O Senhor Jesus sempre terá um povo escolhido para servi-Lo. Quando o povo judeu rejeitou a Cristo, o Príncipe da Vida, Ele tirou-lhes o reino de Deus e entregou-o aos gentios. Deus continuará lidando com cada ramo de Sua obra de acordo com esse princípio. EF 59 2 Quando uma igreja demonstra ser infiel à Palavra do Senhor, seja qual for sua posição e por mais elevada e sagrada que seja sua vocação, o Senhor não pode mais cooperar com eles. Outras pessoas são então escolhidas para assumir importantes responsabilidades. No entanto, se estes, por sua vez, não purificarem a vida de toda má ação, se não estabelecerem puros e santos princípios em todos os aspectos de sua vida, o Senhor os afligirá e humilhará dolorosamente, e, a não ser que se arrependam, os removerá da posição que ocupam, tornando-os um opróbrio. -- Manuscript Releases 14:102. Julgados pela luz concedida EF 59 3 Nas balanças do santuário há de ser pesada a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela será julgada pelos privilégios e vantagens que tem gozado. Se sua experiência espiritual não corresponde às vantagens que, a preço infinito, Cristo lhe concedeu; se as bênçãos que lhe foram conferidas não a habilitarem para fazer a obra que lhe foi confiada, sobre ela será pronunciada a sentença: "Achada em falta". Pela luz que lhe foi concedida, pelas oportunidades dadas, será ela julgada. ... EF 60 1 Solenes admoestações e advertências, manifestas na destruição de muito acariciadas instalações para o serviço, como que nos dizem: "Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras." Apocalipse 2:5. ... EF 60 2 A menos que se arrependa e converta a igreja que agora está a levedar-se com sua apostasia, comerá do fruto de seus próprios atos, até que se aborreça a si mesma. Quando resistir ao mal e escolher o bem, quando buscar a Deus com toda a humildade e alcançar sua alta vocação em Cristo, permanecendo na plataforma da verdade eterna, e pela fé lançar mão dos dons que para ela se acham preparados, então será curada. Aparecerá então na simplicidade e pureza que Deus lhe deu, separada de embaraços terrenos, mostrando que a verdade com efeito a libertou. Então seus membros serão na verdade os escolhidos de Deus, os Seus representantes. -- Testemunhos Seletos 3:251, 252-254. A história de Israel, uma advertência para nós EF 60 3 Nestes últimos dias, o povo de Deus será exposto aos mesmos perigos que o antigo Israel. Os que não aceitarem as advertências que Deus dá cairão nos mesmos perigos que o antigo Israel, e não poderão entrar no descanso por causa da incredulidade. O antigo Israel sofreu calamidades devido aos seus corações não santificados e vontades insubmissas. Sua rejeição final como nação foi o resultado de sua própria incredulidade, confiança em si mesmo, impenitência, cegueira mental e dureza de coração. Em sua história nos é apresentado um sinal de perigo. EF 61 1 "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo. ... Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se de fato guardarmos firme até ao fim a confiança que desde o princípio tivemos." Hebreus 3:12-14. -- Carta 30, 1895. A igreja militante é imperfeita EF 61 2 A igreja militante não é a igreja triunfante, e a Terra não é o Céu. A igreja se compõe de homens e mulheres errantes e imperfeitos, que são apenas alunos na escola de Cristo, a fim de serem adestrados, disciplinados, educados, para esta vida e para a futura vida imortal. -- The Signs of the Times, 4 de Janeiro de 1883. EF 61 3 Algumas pessoas parecem pensar que ao entrar na igreja ser-lhes-ão cumpridas as expectativas, e só encontrarão os que são puros e perfeitos. São zelosas na fé, e ao verem faltas nos membros da igreja, dizem: "Abandonamos o mundo para não nos associarmos com caracteres maus, mas aqui também está o mal"; e perguntam, como os servos da parábola: "Por que tem então joio?" Mas não precisamos ficar assim desapontados, pois o Senhor não nos autorizou a chegar à conclusão de que a igreja é perfeita; e todo o nosso zelo não terá êxito em tornar a igreja militante tão pura como a igreja triunfante. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 47. A igreja triunfante será fiel e semelhante a Cristo EF 62 1 A obra está prestes a concluir-se. Os membros da igreja militante que se houverem demonstrado fiéis, tornar-se-ão a igreja triunfante. -- Evangelismo, 707. EF 62 2 A vida de Cristo estava imbuída da divina mensagem do amor de Deus, e anelava intensamente transmitir esse amor aos outros, em abundante medida. O Seu semblante irradiava compaixão e Sua conduta caracterizava-se pela graça, humildade, verdade e amor. Todo membro de Sua igreja militante deve manifestar as mesmas qualidades, se deseja fazer parte da igreja triunfante. -- Fundamentos da Educação Cristã, 179. ------------------------Capítulo 5 -- A vida devocional do remanescente Vida dupla EF 63 1 Nesta época, pouco antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, deve ser efetuada uma obra como a de João [Batista]. Deus chama homens que preparem um povo para permanecer em pé no grande dia do Senhor. ... Para transmitir tal mensagem como a de João precisamos ter uma experiência espiritual como a sua. A mesma obra precisa ser efetuada em nós. Temos de contemplar a Deus, e, contemplando-O, perder de vista o próprio eu. -- Testemunhos para a Igreja 8:332-333. EF 63 2 A comunhão com Deus refletir-se-á no caráter e na vida. Os homens conhecerão em nós, como nos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Eis o que dá ao obreiro um poder que nada mais será capaz de lhe comunicar. Jamais devemos permitir ser privados de tal poder. Carecemos de viver uma vida dupla -- vida de pensamento e de ação, de silenciosa prece e infatigável trabalho. -- A Ciência do Bom Viver, 512. EF 63 3 Oração e esforço, esforço e oração, serão a ocupação de vossa vida. Deveis orar como se a eficiência e o louvor fossem todos atribuíveis a Deus, e labutar como se o dever fosse todo vosso. -- Testemunhos para a Igreja 4:538. EF 64 1 Ninguém, sem oração, se encontra livre de perigo durante um dia ou uma hora que seja. -- O Grande Conflito, 530. EF 64 2 Aquele que nada faz senão orar, em breve deixará de o fazer. -- Caminho a Cristo, 101. Firmemente fundados em Cristo EF 64 3 A tempestade vem, a tempestade que há de provar a fé de todo homem, de que espécie é. Os crentes devem estar agora firmemente arraigados em Cristo, do contrário serão extraviados por algum aspecto do erro. -- Evangelismo, 361. EF 64 4 Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. -- O Desejado de Todas as Nações, 83. EF 64 5 A única defesa contra o mal, é Cristo habitar no coração mediante a fé em Sua justiça. A menos que nos unamos vitalmente a Deus, nunca poderemos resistir aos não santificados efeitos do amor-próprio, da condescendência com nós mesmos e da tentação para pecar. Podemos deixar muitos hábitos maus, podemos por tempos separar-nos de Satanás; mas sem uma ligação vital com Deus pela entrega de nós mesmos a Ele momento a momento, seremos vencidos. Sem conhecimento pessoal com Cristo e constante comunhão achamo-nos à mercê do inimigo, e havemos afinal de fazer-lhe a vontade. -- O Desejado de Todas as Nações, 324. EF 65 1 Cristo, e Ele crucificado, eis o que deve constituir o tema de nossas meditações, de nossas conversas, e de nossas mais gratas emoções. -- Caminho a Cristo, 103-104. Moldados pelo Espírito Santo EF 65 2 O coração humano não conhecerá felicidade enquanto não se submeter a ser moldado pelo Espírito de Deus. O Espírito afeiçoa a renovada alma ao modelo, Jesus Cristo. Mediante Sua influência, a inimizade para com Deus é mudada em fé e amor, e o orgulho em humildade. A alma percebe a beleza da verdade, e Cristo é honrado em excelência e perfeição de caráter. -- Nossa Alta Vocação, 150. EF 65 3 Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do coração, que não necessite achar-se a todo o instante sob a direção do Espírito de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 421. EF 65 4 O Espírito nos ilumina as trevas, informa nossa ignorância, e ajuda-nos em nossas múltiplas necessidades. Mas a mente precisa dilatar-se constantemente para Deus. Caso seja permitido que se introduza aí o mundanismo, se não temos desejo de orar, nem desejo de comungar com Aquele que é a fonte de força e sabedoria, o Espírito não habita em nós. -- Nossa Alta Vocação, 152. A necessidade de estudar a Bíblia EF 65 5 Nenhum coração renovado poderá ser conservado em estado de aprazibilidade sem a aplicação diária do sal da Palavra. A graça divina deve ser diariamente recebida, do contrário homem algum permanecerá convertido. -- Nossa Alta Vocação, 213. EF 66 1 Seja a vossa fé consubstanciada pela Palavra de Deus. Agarrai firmemente o testemunho vivo da verdade. Tende fé em Cristo como Salvador pessoal. Ele tem sido e será sempre a nossa Rocha dos Séculos. -- Evangelismo, 362. EF 66 2 Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida em conformidade com o seus preceitos. -- Profetas e Reis, 626. EF 66 3 Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito. -- O Grande Conflito, 593. EF 66 4 Apenas os que forem diligentes estudantes das Escrituras e receberem o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo. -- O Grande Conflito, 625. EF 66 5 Nosso povo precisa compreender a Palavra de Deus; carecem de um conhecimento sistemático dos princípios da verdade revelada, que os habilitará para o que há de vir sobre a Terra e os impedirá de serem levados em roda por todo vento de doutrina. -- Testemunhos Seletos 1:101. Entesourar as escrituras na memória EF 66 6 Várias vezes, cada dia, preciosos e áureos momentos devem ser dedicados à oração e ao estudo das Escrituras, nem que seja para guardar na memória um só texto, a fim de que haja vida espiritual na alma. -- Testemunhos para a Igreja 4:459. EF 67 1 A preciosa Palavra de Deus é a norma para a juventude que quer ser fiel ao Rei do Céu. Estudem eles as Escrituras. Entesourem na memória texto sobre texto e adquiram o conhecimento daquilo que o Senhor disse. -- Minha Consagração Hoje, 315. EF 67 2 Edificai um muro de passagens bíblicas ao vosso redor, e vereis que o mundo não poderá demoli-lo. Entesourai as Escrituras na memória e retrucai então a Satanás quando ele vier com as suas tentações: "Está escrito." Foi dessa maneira que nosso Senhor enfrentou as tentações de Satanás e resistiu a elas. -- The Review and Herald, 10 de Abril de 1888. EF 67 3 Pendurai as preciosas palavras de Cristo na galeria da memória. Elas devem ser muito mais apreciadas do que ouro ou prata. -- Testemunhos para a Igreja 6:81. EF 67 4 Ao trabalhar, tende convosco uma Bíblia de bolso, e aproveitai toda oportunidade para entesourar na memória suas preciosas promessas. -- The Review and Herald, 27 de Abril de 1905. EF 67 5 Chegará o tempo em que muitos serão privados da Palavra escrita. Se, porém, essa Palavra é gravada na memória, ninguém poderá tirá-la de nós. Manuscript Release 760, 24. EF 67 6 Estudai a Palavra de Deus. Entesourai na memória suas preciosas promessas, para que, quando formos desprovidos de nossas Bíblias, ainda estejamos de posse da Palavra de Deus. -- Manuscript Releases 10:298. Apocalipse 14 -- Uma âncora para o povo de Deus EF 68 1 Nestes últimos dias é nosso dever determinar o pleno significado das mensagens do primeiro, do segundo e do terceiro anjo. Todas as nossas transações devem estar de acordo com a Palavra de Deus. As mensagens do primeiro, do segundo e do terceiro anjo estão todas unidas e são reveladas no décimo quarto capítulo do Apocalipse, desde o verso seis até o fim. -- Manuscript Releases 13:68. EF 68 2 Muitos que abraçaram a terceira mensagem não tinham tido experiência nas duas mensagens anteriores. Satanás compreendeu isto, e seu olho mau estava sobre eles para os transtornar; porém o terceiro anjo lhes estava apontando o lugar santíssimo, e aqueles que tinham tido experiência nas mensagens passadas estavam a apontar-lhes o caminho para o santuário celestial. Muitos viram a perfeita cadeia de verdades nas mensagens do anjo, e alegremente as receberam em sua ordem, e pela fé seguiram a Jesus no santuário celestial. Estas mensagens foram-me representadas como uma âncora para o povo de Deus. Aqueles que as compreendem e recebem serão preservados de ser varridos pelos muitos enganos de Satanás. -- Primeiros Escritos, 256. Ensinar a mente a crer na palavra de Deus EF 68 3 Os que se sentem na liberdade de questionar a Palavra de Deus, de duvidar de tudo aquilo em que houver algum pretexto para ser descrente, verificarão que será necessário enorme esforço para ter fé quando vierem tribulações. Quase será impossível vencer a influência que prende a mente habituada a descrer, pois por meio dessa atitude a alma é retida no laço de Satanás e se torna incapaz de romper a temível rede que cada vez é mais firmemente tecida em volta da alma. EF 69 1 Ao adotar uma atitude de dúvida, o homem recorre às instrumentalidades de Satanás. Mas a única esperança daquele que se acostumou com a descrença é cair todo desvalido sobre o Salvador e, como uma criança, submeter a vontade e seus desejos a Cristo, para que seja libertado das trevas e conduzido a Sua maravilhosa luz. O homem não tem poder para libertar-se a si mesmo da armadilha de Satanás. Aquele que se acostuma a questionar, duvidar e criticar, se fortalece na incredulidade. -- Manuscrito 3, 1895. Preparação para provações futuras EF 69 2 Os servos de Cristo não devem preparar determinado discurso para apresentá-lo quando forem levados a juízo por causa de sua fé. Devem preparar-se dia a dia, entesourando no coração as preciosas verdades da Palavra de Deus, alimentando-se dos ensinos de Cristo e fortalecendo sua fé pela oração; então, quando levados a juízo, o Espírito Santo lhes trará à lembrança as verdades que hão de alcançar o coração dos que as ouvirem. Qual relâmpago, trar-lhes-á Deus à memória, justo quando for necessário, o conhecimento obtido mediante diligente exame da Palavra divina. -- Conselhos sobre a Escola Sabatina, 41. EF 70 1 Homens que agora pregam a outros, ao examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encontram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância. E há na igreja muitos que contam por certo que compreendem aquilo em que crêem, mas que, até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas idéias do que têm aceito como verdade. -- Testemunhos Seletos 2:312. Controlar as faculdades morais EF 70 2 A capacidade de dar uma razão de nossa fé é uma boa consecução, mas se a verdade não for mais fundo que isto, a alma jamais se salvará. O coração deve ser purificado de toda contaminação moral. -- Nossa Alta Vocação, 140. EF 70 3 Poucos compreendem que é dever exercer domínio sobre seus pensamentos e imaginações. É difícil manter a mente indisciplinada fixa em assuntos proveitosos. Mas se os pensamentos não são devidamente empregados, a religião não pode medrar na alma. A mente deve estar preocupada com coisas sagradas e eternas, do contrário nutrirá pensamentos frívolos e superficiais. Tanto as faculdades morais como as intelectuais, precisam ser disciplinadas, e se fortalecem e desenvolvem pelo exercício. -- Nossa Alta Vocação, 109. EF 71 4 Grandemente necessitamos encorajar e cultivar pensamentos puros, castos, e fortalecer as faculdades morais em vez das inferiores e carnais. Ajude-nos Deus a nos despertarmos de nossos apetites autocondescendentes! -- Medicina e Salvação, 278. O exemplo de Enoque EF 71 1 Enoque andou trezentos anos com Deus antes de sua trasladação ao Céu, e a situação do mundo não era então mais favorável ao aprimoramento do caráter cristão do que hoje. E como Enoque andava com Deus? Habituou a mente e o coração a sempre sentirem que ele se achava na presença de Deus, e quando estava perplexo, suas orações ascendiam a Deus, para que o guardasse. EF 71 2 Ele recusava tomar alguma decisão que ofendesse a seu Deus. Mantinha o Senhor continuamente diante de si. Orava: "Ensina-me o Teu caminho, para que eu não erre. Qual é o Teu desejo a meu respeito? Que farei para honrar-Te, meu Deus?" Assim ele moldava constantemente a vontade e as atitudes de acordo com os mandamentos de Deus, e tinha completa confiança de que seu Pai celestial o ajudaria. Não tinha algum pensamento ou desejo egoísta. Sua vontade estava toda submersa na vontade de seu Pai. EF 71 3 Pois bem, Enoque era um representante daqueles que estarão sobre a Terra quando Cristo vier, e que serão trasladados ao Céu sem provar a morte. -- Sermons and Talks, 32. EF 71 4 Enoque tinha tentações assim como nós. Estava rodeado de uma sociedade que não era mais propícia à justiça do que aquela que nos rodeia. O ar que ele respirava estava impregnado de pecado e corrupção, como o nosso; contudo, levava uma vida de santidade. Não se manchava com os pecados que predominavam na época em que vivia. Nós também podemos permanecer puros e incontaminados. -- Testemunhos para a Igreja 2:122. Lembrar as bênçãos de Deus no passado EF 72 1 Ao recapitular a nossa história passada, havendo revisado cada passo de progresso até ao nosso nível atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Ao ver o que o Senhor tem efetuado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada. -- Life Sketches, 196. Um tempo para séria reflexão EF 72 2 Se já houve um tempo em que convinha que cada pessoa que teme a Deus refletisse seriamente, este tempo é agora, quando a piedade pessoal é essencial. Deve ser feita a indagação: "O que eu sou, e qual é minha obra e missão neste tempo? De que lado estou labutando -- do lado de Cristo, ou do lado do inimigo?" Que toda pessoa se humilhe agora diante de Deus, pois agora vivemos realmente no grande Dia da Expiação. Agora mesmo, os casos de muitos estão sendo examinados perante Deus, pois eles terão de dormir em suas sepulturas por um pequeno período de tempo. Vossa garantia nesse dia não é a profissão de fé, mas o estado de vossas afeições. O templo da alma está purificado de sua contaminação? Meus pecados foram confessados e arrependo-me diante de Deus, por havê-los cometido, para que possam ser apagados? Tenho muito pouco apreço por minha própria pessoa? Estou disposto a fazer todo e qualquer sacrifício pela excelência do conhecimento de Jesus Cristo? Reconheço em todo momento que não pertenço a mim mesmo, mas sou a propriedade de Cristo, e que meu serviço pertence a Deus, de quem eu sou? -- Manuscrito 87, 1886. EF 73 1 Devemos perguntar a nós mesmos: "Para o que estamos vivendo e trabalhando? E qual será o resultado de tudo isso?" -- The Signs of the Times, 21 de Novembro de 1892. Vivendo em função do dia do juízo EF 73 2 Ao ver as pessoas indo apressadamente de um lado para outro, em nossas cidades, tenho-me perguntado se elas já pensaram no dia de Deus que está precisamente à nossa frente. Cada um de nós deve estar vivendo em função do grande dia que não tardará a vir sobre nós. -- Sermons and Talks, 25. EF 73 3 Não nos podemos permitir viver sem nos referirmos ao dia do juízo; pois ainda que muito retardado, está agora próximo, mesmo às portas e se apressa muito. Breve a trombeta do arcanjo fará estremecer os vivos e despertará os mortos. -- Orientação da Criança, 560-561. Preparados para a volta de Cristo EF 73 4 Se não encontramos prazer agora na contemplação das coisas celestes; se não temos nenhum interesse em buscar o conhecimento de Deus, deleite algum em deter os olhos no caráter de Cristo; se a santidade não tem nenhuma atração para nós -- podemos então estar certos de que é vã nossa esperança do Céu. A perfeita conformidade com a vontade de Deus, é o elevado objetivo a estar sempre diante do cristão. Terá prazer de falar acerca de Deus, de Jesus, do lar puro e bem-aventurado que Cristo preparou para os que O amam. O meditar nesses temas, quando a alma se apascenta das benditas promessas de Deus, é representado pelo apóstolo como provar "as virtudes do século futuro". -- Testemunhos Seletos 2:342-343. EF 74 1 Se hoje estais em paz com Deus, estais preparados para receber a Cristo, se viesse hoje. -- Nos Lugares Celestiais, 227. ------------------------Capítulo 6 -- O estilo de vida e as atividades do remanescente Espírito de serviço e abnegação EF 75 1 Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade. Quando os membros da igreja de Deus fizerem a obra que lhes é indicada nos necessitados campos nacionais e estrangeiros, em cumprimento da comissão evangélica, todo o mundo será logo advertido, e o Senhor Jesus retornará à Terra com poder e grande glória. -- Atos dos Apóstolos, 111. EF 75 2 Há por toda parte a tendência de substituir o esforço individual pela obra de organizações. A sabedoria humana tende à consolidação, à centralização, à edificação de grandes igrejas e instituições. Muitos deixam às instituições e organizações a obra da beneficência; eximem-se do contato com o mundo, e o coração torna-se-lhes frio. Ficam absorvidos consigo mesmos e insensíveis à impressão. Extingue-se-lhes no coração o amor para com Deus e o homem. EF 76 1 Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual -- uma obra que não pode ser feita por procuração. O serviço aos pobres e enfermos, o anunciar o evangelho aos perdidos, não deve ser deixado a comissões ou caridade organizada. Responsabilidade individual, individual esforço e sacrifício pessoal, é uma exigência evangélica. -- A Ciência do Bom Viver, 147. "Ocupai-vos até que eu volte" EF 76 2 Cristo diz: "Ocupai-vos até que Eu volte." Nos Lugares Celestiais, 19.13. Talvez faltem apenas alguns anos para que termine a história de nossa vida, mas devemos ocupar-nos até então. -- The Review and Herald, 21 de Abril de 1896. EF 76 3 Cristo quer que cada pessoa se habitue a esperar calmamente o Seu segundo aparecimento. Todos devem examinar diariamente a Palavra de Deus, mas não negligenciar os deveres atuais. -- Carta 28, 1897. EF 76 4 Cristo declarou que quando Ele vier alguns de Seu povo expectante estarão empenhados em transações comerciais. Alguns estarão semeando no campo, outros ceifando e recolhendo o que foi ceifado, e outros ainda, moendo no moinho. Não é a vontade de Deus que os Seus eleitos abandonem os deveres e as responsabilidades da vida e se entreguem a ociosa contemplação, vivendo num devaneio religioso. -- Manuscrito 26, 1901. EF 76 5 Amontoai nesta vida todas as boas obras que puderdes. -- Testemunhos Seletos 2:190. Como se cada dia fosse o último EF 77 1 Devemos vigiar e trabalhar e orar como se este fosse o último dia que nos fosse concedido. -- Testemunhos Seletos 2:60. EF 77 2 Nossa única segurança está em realizar o nosso trabalho para cada dia como ele se apresenta, labutando, vigiando, esperando, confiando em todas as ocasiões na força dAquele que esteve morto, mas reviveu e está vivo para todo o sempre. -- Carta 66, 1894. EF 77 3 Cada manhã consagrai-vos e vossos filhos a Deus, para esse dia. Não façais cálculos para meses ou anos; eles vos não pertencem. Um curto dia é o que vos é dado. Como se fosse esse vosso último dia na Terra, trabalhai para o Mestre durante as suas horas. Deponde perante Deus todos os vossos planos, para serem executados ou rejeitados, conforme o indique a Sua providência. -- Testemunhos Seletos 3:93. Conscienciosa observância do Sábado EF 77 4 É intuito do Pai celestial preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Deus verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. -- Testemunhos Seletos 3:16. EF 77 5 Durante toda a semana nos cumpre ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observá-lo conforme o mandamento. Não devemos observá-lo simplesmente como objeto de lei. Devemos compreender suas relações espirituais com todos os negócios da vida. ... EF 78 1 Quando o sábado é desta forma lembrado, as coisas temporais não influirão sobre o exercício espiritual de modo a prejudicá-lo. Nenhum serviço atinente aos seis dias de trabalho será deixado para o sábado. -- Testemunhos Seletos 3:20-21. EF 78 2 Devem-se atender às necessidades da vida, cuidar dos doentes, suprir as faltas dos necessitados. Não será tido por inocente o que negligenciar aliviar o sofrimento no sábado. O Santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem, e os atos de misericórdia se acham em perfeita harmonia com seu desígnio. Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro dia qualquer. -- O Desejado de Todas as Nações, 207. Fiéis nos dízimos e nas ofertas EF 78 3 O dízimo é sagrado, reservado por Deus para Si mesmo. Tem de ser trazido ao Seu tesouro, para ser empregado em manter os obreiros evangélicos em seu labor. ... Lede atentamente o terceiro capítulo de Malaquias e vede o que diz o Senhor a respeito do dízimo. -- Obreiros Evangélicos, 226-227. EF 78 4 O Novo Testamento não dá novamente a lei do dízimo, como também não dá a do sábado; pois pressupõe a validade de ambos, e explica sua profunda importância espiritual. -- Conselhos sobre Mordomia, 66. EF 78 5 O Senhor convida hoje os adventistas do sétimo dia de todas as partes para a Ele se consagrarem, e fazerem segundo sua capacidade, o máximo que lhes for possível para auxiliar Sua obra. Por sua liberalidade ao fazer donativos e ofertas, deseja Ele que revelem apreço por Suas bênçãos e gratidão por Sua misericórdia. -- Testemunhos Seletos 3:350-351. EF 79 1 Caridade à beira da morte é um pobre sucedâneo da beneficência em vida. -- Testemunhos para a Igreja 5:155. EF 79 2 As necessidades da Causa aumentarão continuamente à medida que nos formos aproximando do fim do tempo. -- Testemunhos para a Igreja 5:156. EF 79 3 Somos colocados sob prova, no mundo, a fim de determinar nossa habilitação para a vida futura. Nenhum daqueles cujo caráter estiver maculado com a nódoa imunda do egoísmo, poderá entrar no Céu. Portanto, Deus nos prova aqui, concedendo-nos posses temporais, para que o uso que disso fizermos possa revelar se nos poderão ser confiadas as riquezas eternas. -- Conselhos sobre Mordomia, 22. Estabelecer novas instituições EF 79 4 Alguns poderão dizer: "Se o Senhor vem logo, que necessidade há de estabelecer escolas, sanatórios, e fábricas de alimentos?" Que necessidade há de que nossos jovens aprendam ofícios? EF 79 5 Está no desígnio do Senhor que constantemente desenvolvamos os talentos que nos deu. Não podemos fazer isto a menos que os usemos. A perspectiva da breve volta de Cristo não nos deve conduzir à indolência. Ao contrário, ela deve nos levar a fazer tudo que pudermos para abençoar e beneficiar a humanidade. -- Medicina e Salvação, 268. EF 80 1 Uma grande obra precisa ser efetuada em todas as partes do mundo, e, porque o fim está perto, ninguém deve deduzir que não é necessário especial esforço para edificar as diversas instituições que a Causa requer. ... Quando o Senhor nos ordenar que não façamos mais nenhum esforço para construir casas de culto e estabelecer escolas, sanatórios e casas publicadoras, terá chegado o tempo de cruzarmos os braços e deixar que o Senhor termine a obra, mas agora temos a oportunidade de manifestar nosso zelo pelo Senhor e nosso amor pela humanidade. -- Testemunhos para a Igreja 6:440. Obra médico-missionária EF 80 2 À medida que a agressão religiosa destruir as liberdades de nossa nação, os que quiserem permanecer ao lado da liberdade de consciência serão colocados em situações desfavoráveis. Em seu próprio interesse, devem eles, enquanto têm oportunidade, tornar-se entendidos com respeito às doenças, suas causas, maneira de evitá-las e a cura. E os que isto fazem encontrarão um campo de trabalho em qualquer parte. Haverá sofredores, quantidade deles, que necessitarão de auxílio, não só entre os de nossa própria fé, mas principalmente entre aqueles que não conhecem a verdade. -- Conselhos sobre Saúde, 506. EF 80 3 Desejo dizer-vos que em breve nenhuma obra será realizada pelo plano ministerial senão a obra médico-missionária. -- Conselhos sobre Saúde, 533. O povo de Deus dá valor a sua saúde EF 80 4 Foi-me mostrado que a reforma de saúde é uma parte da mensagem do terceiro anjo e está tão intimamente ligada a ela como o braço e a mão ao corpo humano. -- Testemunhos para a Igreja 1:486. EF 81 1 Chá, café, fumo e álcool precisam ser apresentados como condescendências pecaminosas. Não podemos pôr em pé de igualdade a carne, os ovos, a manteiga, o queijo e tais artigos colocados sobre a mesa. Estes não devem ser postos na frente, como o tema principal de nossa obra. Os primeiros -- chá, café, fumo, cerveja, vinho e todas as bebidas alcoólicas -- não devem ser ingeridos moderadamente, mas rejeitados. -- Mensagens Escolhidas 3:287. EF 81 2 A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. -- Patriarcas e Profetas, 562. EF 81 3 Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino -- eis os verdadeiros remédios. -- A Ciência do Bom Viver, 127. EF 81 4 Tudo quanto prejudica a saúde, não somente diminui o vigor físico, como tende a enfraquecer as faculdades mentais e morais. A condescendência com qualquer prática nociva à saúde, torna mais difícil a uma pessoa o discernir entre o bem e o mal, e daí mais difícil resistir ao mal. -- A Ciência do Bom Viver, 128. Retornar à alimentação original EF 81 5 Deus está procurando levar-nos de volta, passo a passo, a Seu desígnio original -- que o homem subsista com os produtos naturais da terra. Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, deve a alimentação cárnea ser finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime alimentar. Devemos ter isto sempre em mente, e procurar agir firmemente nesse sentido. -- Conselhos sobre Saúde, 450. EF 82 1 Devem ser vistas maiores reformas entre o povo que pretende estar aguardando o breve aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve realizar uma obra entre o nosso povo que ela ainda não realizou. Há os que devem estar atentos para o perigo de comer carne, pois ainda estão ingerindo a carne de animais, arriscando assim a saúde física, mental e espiritual. Muitos que agora estão apenas meio convertidos no tocante à questão de comer carne, se afastarão do povo de Deus para não mais andar com eles. -- The Review and Herald, 27 de Maio de 1902. Tempo para jejum e oração EF 82 2 Agora e daqui por diante até ao fim do tempo, deve o povo de Deus ser mais fervoroso, mais desperto, não confiando em sua própria sabedoria, mas na sabedoria de seu Líder. Devem pôr de parte dias de jejum e oração. Pode não ser requerida a completa abstinência de alimento, mas devem comer moderadamente, do alimento mais simples. -- Conselhos sobre o Regime Alimentar, 188-189. EF 82 3 O verdadeiro jejum, que deve ser recomendado a todos, é abstinência de qualquer espécie estimulante de alimento, e o uso apropriado de alimento saudável e simples, que Deus proveu em abundância. Os homens precisam pensar menos no que comer e beber em matéria de alimento temporal, e muito mais em relação ao alimento do Céu, que dará tono e vitalidade a toda a experiência religiosa. -- Medicina e Salvação, 283. EF 83 1 O fermento da piedade não perdeu inteiramente seu poder. Na ocasião em que maiores são o perigo e a crise da igreja, a pequena hoste que permanece na luz estará suspirando e clamando por causa das abominações cometidas na Terra. Mais especialmente, porém, suas orações subirão em favor da igreja, porque seus membros estão agindo segundo a maneira do mundo. -- Testemunhos Seletos 2:64. Inteira confiança em Deus EF 83 2 Por causa de obreiros não consagrados, as coisas por vezes irão mal. Podereis chorar os resultados do mau procedimento de outros, mas não vos acabrunheis. A obra está sob a supervisão do bendito Mestre. Tudo que Ele pede é que os obreiros vão ter com Ele para receberem Suas ordens, e que obedeçam a Suas orientações. Todas as partes da obra -- nossas igrejas, missões, Escolas Sabatinas, instituições -- tudo Ele tem no coração. Por que preocupar-se? O intenso anelo de ver a igreja impregnada de vida, tem de ser temperado com a inteira confiança em Deus. ... EF 83 3 Não sobrecarregue ninguém as faculdades que Deus lhe deu, num esforço por promover mais rapidamente a causa do Senhor. Não pode o poder do homem apressar a obra; a ele tem de unir-se o poder dos seres celestiais. ... Mesmo que todos os obreiros que agora suportam os mais pesados encargos fossem postos de lado, a obra de Deus seria levada avante. -- Testemunhos Seletos 2:353-354. O culto familiar EF 83 4 À noitinha e pela manhã uni-vos aos vossos filhos no culto de Deus, lendo Sua palavra e cantando Seu louvor. Ensinai-os a repetir a lei de Deus. -- Evangelismo, 499. EF 84 1 Sejam os períodos de culto familiar curtos e espirituais. Não deixeis que vossos filhos, ou qualquer membro da família, os tema, devido à monotonia ou falta de interesse. Quando um capítulo comprido é lido e explicado e se faz uma longa oração, esse precioso culto se torna enfadonho e é um alívio quando passa. ... EF 84 2 Escolha o pai um trecho das Escrituras que seja interessante e facilmente compreendido; alguns versos serão suficientes para dar uma lição que possa ser estudada e praticada durante todo o dia. Podem-se fazer perguntas. Podem-se fazer declarações interessantes. Ou pode ser apresentado, à guisa de ilustração, algum incidente curto e ao ponto. Podem ser cantadas, pelo menos algumas estrofes de cânticos animados; e a oração feita deve ser curta e ao ponto. O que dirige a oração não deve orar a respeito de todas as coisas, antes deve exprimir suas necessidades com palavras simples e louvar a Deus com ações de graças. -- Orientação da Criança, 521-522. Ter cuidado com a associação com o mundo EF 84 3 [Apocalipse 18:1-3.] Enquanto esta mensagem estiver soando, enquanto a proclamação da verdade estiver realizando sua obra de separação, nós como fiéis sentinelas de Deus devemos discernir qual é nossa verdadeira posição. Não devemos coligar-nos a pessoas mundanas, para não ficar imbuídos de seu espírito, para que o nosso discernimento espiritual não se torne confuso e encaremos os que têm a verdade e levam a mensagem do Senhor do ponto de vista das pretensas igrejas cristãs. Ao mesmo tempo, porém, não devemos ser como os fariseus e manter-nos afastados delas. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 1.161. EF 85 1 Os que estão aguardando e esperando o aparecimento de Cristo nas nuvens do Céu não se misturarão com o mundo em sociedades e reuniões de divertimento, meramente para seu próprio deleite. -- Manuscrito 4, 1898. EF 85 2 Obrigar-nos por contratos ou em sociedades ou associações comerciais com os que não pertencem a nossa fé, não está de acordo com o plano de Deus. -- The Review and Herald, 4 de Agosto de 1904. EF 85 3 Devemos unir-nos a outras pessoas, uma vez que não sacrifiquemos princípios. Isto não quer dizer que nos unamos a suas lojas e sociedades, mas que os deixemos saber que temos sincera simpatia com a questão da temperança. -- Temperança, 220. Recreação aprovada por Cristo EF 85 4 É privilégio e dever dos cristãos procurar refrigerar o espírito e revigorar o corpo mediante inocente recreação, com o intuito de empregar as energias físicas e mentais para a glória de Deus. -- Mensagens aos Jovens, 364. EF 85 5 Os cristãos têm ao seu dispor muitas fontes de felicidade, e podem dizer com infalível certeza quais são os prazeres lícitos e corretos. Podem gozar de recreações que não dissipem a mente ou aviltem a alma, não iludam nem deixem após si triste influência que destrua o respeito próprio ou impeça o caminho da utilidade. Caso possam levar consigo a Jesus e manter-se em espírito de oração, estão perfeitamente salvaguardados. -- Mensagens aos Jovens, 38. EF 86 1 As nossas reuniões devem ser dirigidas de tal maneira, e nossa conduta aí deve ser tal que, ao voltarmos para casa, possamos ter uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não havermos ferido ou, de algum modo, causado algum dano àqueles com quem estivemos em contato, ou exercido sobre eles qualquer nociva influência. ... EF 86 2 Toda recreação em que vos puderdes empenhar pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que vos torna inaptos para a oração particular, para a devoção no altar da oração, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. -- Mensagens aos Jovens, 386. Música que eleva EF 86 3 Assim como os filhos de Israel, jornadeando pelo deserto, suavizavam pela música de cânticos sagrados a sua viagem, Deus ordena a Seus filhos hoje que alegrem a sua vida peregrina. Poucos meios há mais eficientes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cânticos. E tal cântico tem maravilhoso poder. Tem poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para suscitar pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço. -- Educação, 167-168. EF 86 4 A música faz parte do culto de Deus, nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. ... O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, tanto como a prece. -- Patriarcas e Profetas, 594. EF 87 1 O emprego de instrumentos de música não é absolutamente objetável. Eles eram usados nos serviços religiosos dos antigos tempos. Os adoradores louvavam a Deus com a harpa e o címbalo, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. -- Evangelismo, 501. Televisão e teatro EF 87 2 Entre as casas de diversões, a mais perigosa é o teatro. Em lugar de ser uma escola de moralidade e virtude, como costuma ser chamada, é ele justamente o viveiro da imoralidade. Os hábitos viciosos e as tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. As cantigas baixas, os gestos, expressões e atitudes indecentes corrompem a imaginação e aviltam a moral. EF 87 3 Todo jovem que assiste habitualmente a tais exibições será corrompido em princípio. Não existe em nosso país influência mais poderosa para corromper a imaginação, destruir as impressões religiosas e enfraquecer o gosto pelos prazeres tranqüilos e as sóbrias realidades da vida, do que as diversões teatrais. O gosto por estas cenas aumenta em cada transigência, assim como o desejo para com as bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso. -- Conselhos sobre Saúde, 198. EF 87 4 A bênção de Deus não seria invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança. Cristão algum desejaria encontrar a morte em tal lugar. Nenhum quereria ser encontrado aí, quando Cristo viesse. -- Mensagens aos Jovens, 398. EF 88 1 Os únicos entretenimentos seguros são aqueles que não afugentam os pensamentos sérios e religiosos; os únicos lugares seguros de ajuntamento são aqueles a que podemos levar conosco a Jesus. -- Nossa Alta Vocação, 282. Vestuário e adornos EF 88 2 Não há necessidade de fazer do assunto do vestuário o ponto principal de vossa religião. Algo mais valioso há de que falar. Falai de Cristo, e quando o coração estiver convertido, tudo que não está em harmonia com a Palavra de Deus cairá. -- Evangelismo, 272. EF 88 3 Se somos cristãos, seguiremos a Cristo ainda mesmo que o caminho em que tenhamos de andar contrarie as nossas inclinações naturais. Não há necessidade de vos dizer que não deveis usar isto ou aquilo, pois se o amor dessas coisas vãs estiver em vosso coração, pôr de parte os vossos adornos apenas se assemelhará ao cortar a folhagem de uma árvore. As inclinações do coração natural de novo surgiriam. Deveis ter consciência própria. -- Orientação da Criança, 429-430. EF 88 4 Rogo ao nosso povo que ande cuidadosa e circunspectamente diante de Deus. Segui os costumes no vestir até onde eles se conformem com os princípios da saúde. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas fazem, tendo as vestes de material bom e durável, apropriado para esta época, e não permitam que a questão do vestuário lhes encha a mente. Nossas irmãs devem vestir-se com simplicidade. Devem trajar-se com roupas modestas, com modéstia e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração viva do adorno interior da graça de Deus. -- Mensagens Escolhidas 3:242. EF 89 1 A aparência exterior é um indicador do coração. -- Testemunhos para a Igreja 1:136. A necessidade de publicações EF 89 2 Devem ser editadas publicações, escritas na linguagem mais clara e simples, explicando os assuntos de vital interesse, e tornando conhecidas as coisas que sobrevirão ao mundo. -- The Home Missionary, 1 de Fevereiro de 1890. EF 89 3 A primeira e a segunda mensagens foram transmitidas em 1843 e 1844, e estamos agora sob a proclamação da terceira, mas todas as três mensagens ainda devem ser proclamadas. ... Devemos transmitir estas mensagens ao mundo em publicações, em palestras, mostrando na seqüência da história profética o que passou-o que está para vir. -- Counsels to Writers and Editors, 26-27. EF 89 4 A verdade deve ser dita sem rebuços, em folhas soltas e brochuras, e estas, espalhadas como folhas de outono. -- Testemunhos Seletos 3:394. EF 89 5 Patriarcas e Profetas, Daniel e O Conflito dos Séculos são agora mais necessários do que nunca dantes. Deveriam circular amplamente, porque as verdades a que dão ênfase, abrirão muitos olhos cegos. -- O Colportor-Evangelista, 122. EF 90 1 Enquanto durar o tempo da graça, haverá oportunidade de o colportor trabalhar. -- Testemunhos Seletos 2:535. Nossas revistas não devem conter ataques violentos EF 90 2 Que aqueles que escrevem em nossas revistas não dirijam rudes ataques e alusões que por certo hão de causar dano, e que obstruirão o caminho e nos impedirão de fazer a obra que devemos fazer a fim de alcançar todas as classes, inclusive os católicos. É nossa obra falar a verdade em amor, e não misturar com a verdade os elementos não santificados do coração natural, e falar coisas que se assemelhem ao mesmo espírito possuído por nossos inimigos. -- Obreiros Evangélicos, 326. EF 90 3 Não devemos usar palavras ríspidas e ferinas. Excluí-as de todo artigo escrito, eliminai-as de toda palestra proferida. Deixai que a Palavra de Deus efetue o ato de cortar e de repreender; deixai que homens finitos se escondam e permaneçam em Jesus Cristo. -- Testemunhos para a Igreja 9:240, 241-244. EF 90 4 Devemos suprimir toda expressão em nossos escritos e declarações que, se for interpretada ao pé da letra, possa ser deturpada de tal modo que pareça ser contrária à lei e à ordem. Tudo deve ser cuidadosamente considerado, para que não nos tornemos conhecidos por proferir certas coisas que dêem a impressão de que somos desleais ao nosso país e suas leis. -- Carta 36, 1895. EF 90 5 O cristianismo não se exterioriza em acusações e condenação brutais. -- Testemunhos Seletos 3:48. Acautelar-se contra questões secundárias EF 90 6 Deus não esqueceu o Seu povo, escolhendo um homem isolado aqui e outro ali, como os únicos dignos de que lhes confie a verdade. Não dá a um homem luz contrária à estabelecida fé do corpo de crentes. Em toda reforma, surgiram homens pretendendo isso. ... Ninguém confie em si mesmo, como se Deus lhe houvesse conferido luz especial acima de seus irmãos. ... EF 91 1 Alguém aceita umas idéias novas e originais, que não parecem discordar da verdade. ... Sobre isso se demora, até que lhe parece revestido de beleza e importância, pois Satanás tem poder para lhe dar essa falsa aparência. Por fim torna-se o seu tema todo-absorvente, o único e grande ponto em volta do qual tudo gira; e a verdade é desarraigada do coração. ... EF 91 2 Advirto-vos que vos guardeis contra esses movimentos desviados, cuja tendência é distrair a mente da verdade. O erro jamais é inofensivo. Nunca ele santifica, mas sempre traz confusão e dissensão. -- Testemunhos Seletos 2:103-104. Enfatizar a unidade, não as diferenças EF 91 3 Existem mil tentações disfarçadas, preparadas para os que têm a luz da verdade; e a única segurança para qualquer de nós está em não recebermos nenhuma nova doutrina, nenhuma interpretação nova das Escrituras, antes de submetê-la à consideração dos irmãos de experiência. Apresentai-a a eles, com espírito humilde e pronto para aprender, fazendo fervorosa oração; e, se eles não virem luz nisto, atendei ao seu juízo, porque "na multidão de conselheiros há segurança". -- Testemunhos Seletos 2:104-105. EF 91 4 Surgirão homens e mulheres proclamando possuir alguma nova luz ou alguma nova revelação, e cuja tendência é abalar a fé nos marcos antigos. Suas doutrinas não resistem à provada Palavra de Deus. Mesmo assim, almas serão enganadas. Farão circular relatos falsos e alguns serão apanhados pela armadilha. ... Não podemos ser demasiado vigilantes contra toda forma de erro, pois Satanás está constantemente buscando afastar da verdade os homens. -- Testemunhos Seletos 2:107. EF 92 1 Devemos tornar evidente que é essencial ser unidos, não para requerer que os outros concordem com as nossas idéias, mas porque, se todos buscarem a mansidão e humildade de Cristo, terão o mesmo sentimento que Ele. Então haverá unidade de espírito. -- Carta 15, 1892. EF 92 2 Insto com os que professam crer na verdade, que andem em união com os irmãos. Não procureis dar ao mundo ocasião de dizer que somos extremistas, que somos desunidos, que um ensina uma coisa e outro, outra. Evitai a dissensão. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 57. Como enfrentar os críticos EF 92 3 Aqueles que se têm apartado da fé virão a nossas congregações para distrair nossa atenção da obra que Deus deseja que se faça. Não vos podeis permitir desviar os ouvidos da verdade para as fábulas. Não vos detenhais para procurar converter aquele que está proferindo palavras de reprovação contra vossa obra, mas deixai que se patenteie que sois inspirados pelo Espírito de Jesus Cristo; e anjos de Deus vos porão nos lábios palavras que toque o coração de vossos oponentes. Se esses homens persistirem em sua atitude, aqueles, na congregação, que são dotados de um espírito sensato, compreenderão que vossa norma é a mais elevada. Falai de modo a mostrar que Jesus Cristo está falando por vosso intermédio. -- Obreiros Evangélicos, 359. Exaltar a palavra de Deus EF 93 1 Se trabalharmos para criar excitação do sentimento, teremos tudo quanto queremos, e mais do que possivelmente podemos saber como manejar. Calma e claramente "prega a palavra". Importa não considerar nossa obra criar excitação. Unicamente o Espírito de Deus pode criar um entusiasmo são. Deixai que Deus opere, e ande o instrumento humano silenciosamente diante dEle, vigiando, esperando, orando, olhando a Jesus a todo momento, conduzido e controlado pelo precioso Espírito que é luz e vida. -- Mensagens Escolhidas 2:16-17. EF 93 2 Precisamos ir ao povo com a sólida Palavra de Deus; e quando eles receberem essa Palavra o Espírito Santo poderá vir, mas Ele vem sempre, como declarei antes, por uma maneira que se recomenda ao discernimento das pessoas. Em nosso falar, nosso canto, e em todos os nossos cultos espirituais, devemos revelar a calma e a dignidade e o piedoso temor que atua em todo verdadeiro filho de Deus. -- Mensagens Escolhidas 2:43. EF 93 3 É por meio da Palavra -- não de sentimentos ou de exaltação -- que precisamos influenciar as pessoas a obedecer à verdade. Podemos permanecer em segurança sobre a plataforma da Palavra de Deus. -- Mensagens Escolhidas 3:375. ------------------------Capítulo 7 -- Vida campestre O ideal divino EF 94 1 Embora tudo o que Deus criou fosse perfeito e belo, e nada parecesse estar faltando sobre a Terra que Deus criara para tornar Adão e Eva felizes, Ele manifestou-lhes o Seu grande amor plantando um jardim especialmente para eles. Uma parte de seu tempo devia ser passada na ditosa ocupação de cultivar o jardim, e outra parte em receber as visitas de anjos, ouvindo suas instruções e em ditosa meditação. Seu trabalho não era cansativo, mas agradável e revigorante. Esse belo jardim devia ser o seu lar, sua residência especial. -- Spiritual Gifts 3:34. EF 94 2 Quais foram as condições escolhidas pelo Pai infinito para Seu Filho? Uma habitação isolada nas colinas da Galiléia; um lar mantido pelo trabalho honesto e respeitável; vida de simplicidade; luta diária com as dificuldades e provações; abnegação, economia e serviço paciente, feito com contentamento; a hora de estudo junto da mãe, com o rolo aberto das Escrituras; a serenidade da alvorada ou do crepúsculo no verdor do vale; o sagrado ministério da Natureza; o estudo da criação e da providência; a comunhão da alma com Deus: tais foram as condições e oportunidades dos primeiros anos de vida de Jesus. -- A Ciência do Bom Viver, 365-366. Longe das cidades EF 95 1 Saí das cidades o mais depressa possível, e comprai um pequeno trato de terra, onde possais ter um jardim, em que vossos filhos possam ver as flores crescerem e delas aprenderem lições de simplicidade e pureza. -- Mensagens Escolhidas 2:356. EF 95 2 Para fora das cidades, é minha mensagem neste tempo. Estai certos de que o apelo é para que o nosso povo fixe residência a quilômetros de distância das grandes cidades. Uma olhadela a São Francisco, do modo como é hoje, falaria a vossa inteligência, mostrando-vos a necessidade de sair das cidades. ... EF 95 3 O Senhor recomenda que Seu povo fixe residência longe das cidades, pois à hora em que não cuidais, fogo e enxofre cairão do céu sobre essas cidades. A sua punição será proporcional a seus pecados. Quando é destruída uma cidade, nosso povo não deve considerar esta questão como algo sem importância, e pensar que, se surgir uma ocasião favorável, poderão construir casas para si nessa mesma cidade destruída. ... EF 95 4 Que todos os que desejam compreender o significado destas coisas leiam o capítulo onze do Apocalipse. Lede cada um dos versos e aprendei o que ainda está para ocorrer nas cidades. Lede também as cenas descritas no capítulo dezoito do mesmo livro. -- Manuscript Releases, 1.518. EF 96 1 Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável são reis e rainhas. -- O Lar Adventista, 141. As cidades devem ser trabalhadas através de postos avançados EF 96 2 Como guardadores dos mandamentos de Deus, temos que deixar as cidades. Como fez Enoque, devemos trabalhar nas cidades mas não morar nelas. -- Evangelismo, 77-78. EF 96 3 Deve-se fazer o trabalho nas cidades partindo dos postos avançados. Disse o mensageiro de Deus: "Não serão advertidas as cidades? Sim; não por o povo de Deus nelas morar, mas por visitá-las, para adverti-las do que está para sobrevir à Terra." -- Mensagens Escolhidas 2:358. EF 96 4 Durante anos me foi ministrada revelação especial acerca do nosso dever de não centralizar a nossa obra nas cidades. O bulício e confusão que enchem essas cidades, as condições que nelas criam as uniões trabalhistas e as greves, tornar-se-ão grande desvantagem para a nossa obra. -- Testemunhos Seletos 3:115. EF 96 5 Quando a iniqüidade predomina numa nação, sempre deve ser ouvida uma voz de advertência e orientação, como a voz de Ló se fez ouvir em Sodoma. Contudo, Ló poderia ter preservado de muitos males a família, se não houvesse estabelecido seu lar naquela pecaminosa e contaminada cidade. Tudo quanto Ló e a família fizeram em Sodoma, poderia ter sido feito por eles, mesmo se tivessem residido num lugar a certa distância da cidade. -- Evangelismo, 78. EF 96 6 Por enquanto, alguns serão obrigados a trabalhar em Chicago; estes, porém, devem estar preparando centros de trabalho em distritos rurais, de onde parta o trabalho para a cidade. O Senhor quer que Seu povo olhe ao redor de si, e adquiram lugares humildes, não dispendiosos, como centros para seu trabalho. E de tempos a tempos, lugares maiores lhes hão de vir à atenção, os quais poderão adquirir por preços surpreendentemente baixos. -- Evangelismo, 402. Ricas bênçãos num ambiente natural EF 97 1 Outra vez dizemos: "Saí das cidades." Não considereis uma grande privação, terdes de ir para as colinas e montanhas, mas buscai esse retiro, onde podereis estar sozinhos com Deus, para aprender Sua vontade e Seu caminho. ... EF 97 2 Insisto com nosso povo para tornar o trabalho de sua vida procurar a espiritualidade. Cristo está à porta. Por este motivo é que digo ao nosso povo: "Não considereis uma privação serdes convidados a abandonar as cidades e mudar-vos para zonas rurais. Aí, ricas bênçãos aguardam aos que delas se quiserem apoderar. Contemplando as cenas da Natureza, as obras do Criador, estudando as obras das mãos de Deus, imperceptivelmente sereis transformados à mesma imagem." -- Mensagens Escolhidas 2:355-356. O desenvolvimento do caráter é mais fácil no campo EF 97 3 Pais, com a família, afluem às cidades porque na sua fantasia pensam ser mais fácil ganhar o pão ali, do que no campo. Os filhos, não tendo nada que fazer quando não estão na escola, obtêm a educação da rua. Das más associações contraem hábitos de vício e dissipação. -- Mente, Caráter e Personalidade ?:147. EF 98 1 Enviai os filhos para escolas situadas na cidade onde todo aspecto de tentações está à espera para atraí-los e desmoralizá-los, e a tarefa de edificar o caráter será dez vezes mais árdua para os pais e os filhos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 326. EF 98 2 As cidades estão cheias de tentação. Devemos planejar nosso trabalho de tal maneira que conservemos nossos jovens o mais longe possível dessa contaminação. -- O Lar Adventista, 136. EF 98 3 Este é o tempo para que nosso povo leve suas famílias das cidades para localidades mais retiradas, do contrário muitos dos jovens e também muitos dos mais avançados em anos serão enlaçados e capturados pelo inimigo. -- Testemunhos para a Igreja 8:101. EF 98 4 Não há uma família em cem que se tenha beneficiado física, mental ou espiritualmente por residir na cidade. Fé, amor, esperança, felicidade podem ser muito melhor alcançados em lugares afastados, onde haja campos, montes e árvores. Tirai vossos filhos do cenário e sons da cidade, para longe do ruído e estrépito de bondes e carroças, e terão a mente mais sadia. Será mais fácil levar-lhes ao coração a verdade da Palavra de Deus. -- O Lar Adventista, 137. Melhor saúde física no ambiente rural EF 98 5 Não é a vontade de Deus que Seu povo fixe residência nas cidades, onde há constante agitação e confusão. Deveriam poupar a seus filhos tal coisa; pois todo organismo é prejudicado pela correria, precipitação e barulho. -- Mensagens Escolhidas 2:357. EF 99 1 Para muitos dos que residem nas cidades, sem ter um cantinho de relva verde em que pisar, que olham ano após ano para pátios imundos, becos estreitos, paredes e pavimentos de tijolo e céus nublados de poeira e fumaça -- pudessem eles ser levados a algum distrito agrícola, circundado de verdes campinas, matas, colinas e riachos, os límpidos céus e o ar fresco e puro dos campos, isto lhes pareceria quase um paraíso. -- A Ciência do Bom Viver, 191-192. EF 99 2 O ambiente material das cidades constitui muitas vezes um perigo para a saúde. O estar constantemente sujeito ao contato com doenças, o predomínio de ar poluído, água e alimento impuros, as habitações apinhadas, obscuras e insalubres, são alguns dos males a enfrentar. Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades, se apinhasse em cortiços. -- A Ciência do Bom Viver, 365. Cultivar o próprio mantimento EF 99 3 O Senhor deseja que Seu povo se mude para o campo, onde se poderá estabelecer na terra, cultivar suas próprias frutas e verduras, e onde os filhos poderão estar em contato direto com as obras de Deus na Natureza. Minha mensagem é: Tirai vossas famílias das cidades. -- Mensagens Escolhidas 2:357-358. EF 99 4 Repetidas vezes tem o Senhor dado instruções de que nosso povo deve tirar suas famílias das cidades para o campo, onde poderão cultivar seu próprio mantimento; pois no futuro o problema de comprar e vender será bem sério. Devemos começar, agora, a atender às instruções que freqüentemente nos têm sido dadas: "Saí das cidades para as zonas rurais, onde as casas não são aglomeradas, e onde estareis livres da interferência dos inimigos." -- Mensagens Escolhidas 2:141. Localizar as instituições "justamente fora das grandes cidades" EF 100 1 Que homens de são discernimento sejam indicados, não para tornarem públicas suas intenções, mas para procurarem tais propriedades nos distritos rurais, com fácil acesso às cidades, próprios para pequenas escolas de preparo para obreiros, e onde haja também facilidade de prover meios de tratamento para as doente e cansadas almas que não conhecem a verdade. Procurai estes lugares justamente fora das grandes cidades, onde bons edifícios possam ser obtidos, seja como doação dos proprietários, ou comprados por preço razoável, mediante donativos de nosso povo. Não construais edifícios em cidades barulhentas. -- Evangelismo, 77. Cooranbong, Nova Gales do Sul EF 100 2 Onde deve localizar-se a nossa Escola Bíblica Australiana?... Se as escolas fossem estabelecidas nas cidades ou a poucos quilômetros delas, seria muito difícil neutralizar a influência da educação anterior recebida pelos alunos no tocante a esses feriados e às práticas relacionadas com eles, tais como as corridas de cavalos, as apostas e o oferecimento de prêmios. ... EF 101 1 Verificaremos ser necessário estabelecer nossas escolas fora e distante das cidades, mas não tão longe que não possam estar em contato com elas, para lhes fazer bem e permitir que a luz resplandeça em meio das trevas morais. -- Fundamentos da Educação Cristã, 310-313. EF 101 2 Tudo no tocante a este lugar me impressionou favoravelmente, a não ser o fato de que estávamos longe das grandes e movimentadas vias de comunicação e, portanto, não teríamos a oportunidade de deixar brilhar nossa luz em meio às trevas morais que cobrem nossas grandes cidades como uma mortalha. Esta parece ser a única objeção que se me apresenta à mente. Mesmo assim, não seria aconselhável estabelecer nossa escola em uma de nossas grandes cidades. -- Manuscript Releases 8:137. EF 101 3 Mais do que nunca, estou convencida de que este é o local certo para a escola. -- Manuscript Releases 8:360. Huntsville, Alabama EF 101 4 Os que têm a seu cargo o trabalho das escolas em Graysville e Huntsville deviam ver o que pode ser feito por estas instituições para estabelecer tais indústrias, de modo que nosso povo, desejoso de abandonar as cidades, possa obter casas modestas sem grande dispêndio de recursos, e também encontrar emprego. -- Carta 25. EF 102 1 Estava nos planos de Deus que fosse adquirida a fazenda do Colégio de Huntsville. Ela está numa boa localidade. Perto dela há grandes viveiros em que alguns dos estudantes têm trabalhado durante o verão, a fim de ganhar dinheiro para pagar suas despesas no Colégio de Huntsville. -- Special Testimonies, Series B, 12:11. EF 102 2 A fazenda do Colégio de Huntsville é um lugar muito bonito, e com os seus mais de trezentos acres de terreno deve realizar muita coisa no âmbito do preparo industrial e da produção de colheitas. -- Special Testimonies, Series B, 12:13. EF 102 3 Recentemente me foi perguntado: "Não seria bom vender o terreno em Huntsville e comprar uma propriedade menor?" Recebi a informação de que essa fazenda não deve ser vendida e de que o local possui muitas vantagens para o desenvolvimento de um colégio misto. -- Spalding-Magan Collection, 359. Berrien Springs, Michigan EF 102 4 Ouvi dizer que há a intenção de localizar o colégio em Berrien Springs, no sudoeste de Michigan. Estou muito contente com a descrição deste lugar. ...Em tal lugar como Berrien Springs, o colégio poderá tornar-se uma lição prática, e espero que ninguém se interponha para impedir que essa obra seja levada avante. -- Manuscript Releases 4:407. EF 102 5 A boa mão do Senhor tem estado com o nosso povo na escolha de um lugar para o colégio. Este local corresponde às representações que me foram feitas a respeito de onde o colégio deveria localizar-se. Ele está longe das cidades, e há terras em abundância para fins agrícolas, e espaço para que as casas não precisem ser construídas perto uma da outra. O terreno é mais que suficiente para que os estudantes sejam instruídos no cultivo do solo. -- The Review and Herald, 28 de Janeiro de 1902. EF 103 1 Ao mudar o colégio de Battle Creek e estabelecê-lo em Berrien Springs, os irmãos Magan e Sutherland agiram em harmonia com a luz dada por Deus. Eles têm trabalhado com afinco sob grandes dificuldades. ... Deus tem estado com eles. Ele tem aprovado os seus esforços. -- Manuscript Releases 4:260-261. Stoneham, Massachusetts EF 103 2 O Senhor, em Sua providência, abriu o caminho para os Seus obreiros darem um passo à frente na Nova Inglaterra -- um campo em que deve ser realizada uma obra muito especial. Os irmãos conseguiram fazer com que o sanatório fosse transferido de South Lancaster para Melrose, um lugar mais perto de Boston, mas suficientemente afastado dessa movimentada cidade para que os pacientes possam ter as condições mais favoráveis ao restabelecimento da saúde. A transferência do Sanatório da Nova Inglaterra para um lugar tão próximo à cidade de Boston está na providência de Deus. EF 103 3 Quando o Senhor Se dispõe a preparar o caminho diante de nós, que ninguém recue, pondo em dúvida a sensatez de prosseguir ou recusando dar encorajamento e ajuda. A mudança do Sanatório da Nova Inglaterra de Lancaster do Sul para Melrose foi-me apresentada como sendo dirigida pelo Senhor. -- Special Testimonies, Series B, 13:3. Takoma Park, Washington, D.C. EF 104 1 O local que foi conseguido para nosso colégio e sanatório é tudo que se podia desejar. O terreno se assemelha às representações que me foram mostradas pelo Senhor. Ele se ajusta muito bem ao desígnio para o qual deve ser usado. Contém amplo espaço para um colégio e um sanatório, sem aglomerar estas instituições. A atmosfera é pura, e a água também. Um belo regato atravessa o nosso terreno de norte a sul. Esse regato é um tesouro mais valioso do que ouro e prata. Os locais para as construções ficam sobre belas elevações, com excelente escoamento. EF 104 2 Um dia fizemos uma longa excursão por diversas partes de Takoma Park. Grande parte do município é uma floresta natural. As casas não são pequenas e aglomeradas, mas espaçosas e confortáveis. Estão rodeadas de viçosos pinheiros de segunda produção, carvalhos, bordos e outras belas árvores. A maioria dos donos dessas casas são homens de negócios, e muitos deles são funcionários nas repartições do governo em Washington. Vão diariamente à cidade, e ao anoitecer retornam a suas tranqüilas residências. EF 104 3 Foi escolhido um bom local para a oficina gráfica, com fácil acesso à agência postal, e também se encontrou um local para uma casa de culto. Parecia que Takoma Park fora especialmente preparada para nós, e que estava esperando para ser ocupada por nossas instituições e seus obreiros. -- The Signs of the Times, 15 de Junho de 1904. EF 105 1 O Senhor me revelou claramente esta questão. A obra de publicações que tem sido levada avante em Battle Creek deve, por enquanto, prosseguir perto de Washington. Se depois de algum tempo o Senhor disser: Mudem-se de Washington, devemos mudar-nos. -- The Review and Herald, 11 de Agosto de 1903. Madison, Tennessee EF 105 2 Fiquei surpresa quando, ao falar do trabalho que desejavam fazer no Sul, eles disseram que iriam estabelecer um escola nalgum lugar a grande distância de Nashville. De acordo com a luz que me foi dada, eu sabia que isso não seria o mais adequado, e informei-os a esse respeito. A obra que esses irmãos [E. A. Sutherland e P. T. Magan] podem fazer, devido à experiência obtida em Berrien Springs, deve ser levada avante num local de fácil acesso a Nashville, pois esta cidade ainda não foi trabalhada como deveria ser. E estarem suficientemente próximos de Nashville para poderem aconselhar-se com os que labutam ali, será uma grande bênção para os obreiros na escola. EF 105 3 Ao procurarem um lugar para a escola, os irmãos encontraram uma fazenda de quatrocentos acres, a uns quinze quilômetros de Nashville, a qual estava à venda. O tamanho da fazenda, sua situação, a distância em que se encontra de Nashville, e a quantia razoável pela qual poderia ser comprada, pareciam apontar para ela como o lugar ideal para a obra da escola. Recomendamos que esse local fosse comprado. Eu sabia que todo o terreno acabaria sendo necessário. -- The Review and Herald, 18 de Agosto de 1904. Mountain View, Califórnia EF 105 4 Também foi dada a instrução de que a Pacific Press deve ser mudada de Oakland. Com o passar dos anos, a cidade cresceu, e agora é necessário estabelecer a editora nalguma localidade rural, onde seja possível conseguir terrenos para os lares dos funcionários. Os que se acham ligados aos nossos centros de publicações não devem ser obrigados a viver nas cidades apinhadas. Devem ter a oportunidade de conseguir casas onde possam residir sem precisar receber altos salários. -- Fundamentos da Educação Cristã, 492. EF 106 1 Mountain View é uma cidade que tem muitas vantagens. Está cercada de belos pomares. O clima é ameno, e podem ser cultivadas frutas e hortaliças de todas as espécies. A cidade não é grande, mas tem luz elétrica, carros de transporte de malas postais e muitas outras vantagens que geralmente só podem ser vistas nas cidades importantes. -- Carta 141, 1904. EF 106 2 Algumas pessoas têm desejado saber por que nosso escritório de publicações de deve mudar de Oakland para Mountain View. Deus está rogando a Seu povo que abandone as cidades. Não devem os jovens que estão ligados às nossas instituições ficar expostos às tentações e à corrupção que campeiam nas grandes cidades. Mountain View parece ser um local favorável para a tipografia. -- Vida no Campo, 43. Loma Linda, Califórnia EF 106 3 Somos gratos ao Senhor pelo fato de possuirmos um bom sanatório no Vale Paraíso, a onze quilômetros de San Diego; um sanatório em Glendale, a treze quilômetros de Los Angeles; e um grande e belo local em Loma Linda, a uns cem quilômetros ao leste de Los Angeles e perto de Redlands, Riverside, e San Bernardino. A propriedade de Loma Linda é um dos mais belos locais de sanatório que já vi. -- Loma Linda Messages, 141. EF 107 1 Loma Linda é um lugar que o Senhor designou especialmente para o preparo de médicos-missionários. -- Carta 188, 1907. EF 107 2 Aqui há maravilhosas vantagens para uma escola. A fazenda, o pomar, o pasto, os grandes edifícios, os amplos gramados, a beleza -- todos constituem uma grande bênção. -- Loma Linda Messages, 310. EF 107 3 Este lugar, Loma Linda, tem maravilhosas vantagens, e se aqueles que estão aqui aproveitarem fielmente as vantagens para se tornarem verdadeiros médicos-missionários, eles deixarão sua luz brilhar para as pessoas ao seu redor. Precisamos buscar diariamente a Deus, pedindo que nos seja concedida Sua sabedoria. -- Carta 374, 1907. EF 107 4 Dispomos aqui de vantagens ideais para uma escola e para um sanatório. Há vantagens para os alunos, e grandes vantagens para os pacientes. Fui instruída sobre devermos ter aqui uma escola dirigida de acordo com os princípios das antigas escolas dos profetas. ... Os médicos devem obter aqui a sua educação. -- Medicina e Salvação, 75-76. Angwin, Califórnia EF 107 5 Depois de haver examinado esta propriedade, declaro que ela é superior em muitos aspectos. O colégio não poderia estar mais bem situado. Fica a treze quilômetros de Santa Helena, e está livre das tentações das cidades. ... EF 108 1 Com o tempo, terão de ser construídos mais chalés para os estudantes, e eles mesmos poderão construí-los sob a direção de professores competentes. A madeira poderá ser preparada no próprio local desta obra, e os estudantes poderão aprender como construir de maneira correta e eficiente. EF 108 2 Não precisamos ter receio de beber água impura, pois aqui ela nos é suprida em abundância do reservatório do Senhor. Não sei como ser suficientemente agradecida por estas numerosas vantagens... EF 108 3 Percebemos que o Senhor sabia o que precisávamos e que foi Sua providência que nos trouxe até aqui. ... Deus queria que estivéssemos aqui e nos colocou neste lugar. Eu tinha certeza disto quando vim para esta localidade. ... Creio que ao andardes por estas plagas chegareis à mesma conclusão -- isto é, que o Senhor designou este lugar para nós. -- Manuscript Releases 1:340, 341-343. ------------------------Capítulo 8 -- As cidades Os primeiros construtores de cidades EF 109 1 Recebendo a maldição de Deus, Caim se retirou da casa do pai. Escolheu a princípio para si a ocupação de cultivador do solo, e então fundou uma cidade, chamando-a pelo nome de seu filho mais velho. Gênesis 4:17. Saíra da presença do Senhor, rejeitara a promessa do Éden restaurado, a fim de buscar suas posses e gozos na Terra sob a maldição do pecado, ficando assim à frente daquela grande classe de homens que adoram o deus deste mundo. -- Patriarcas e Profetas, 81. EF 109 2 Durante algum tempo os descendentes de Noé continuaram a habitar entre as montanhas onde a arca repousara. Aumentando o seu número, a apostasia logo determinou a divisão. Aqueles que desejavam esquecer-se de seu Criador, e lançar de si as restrições de Sua lei, sentiam um incômodo constante pelo ensino e exemplos de seus companheiros tementes a Deus; e depois de algum tempo resolveram separar-se dos adoradores de Deus. Em seguida, viajaram para a planície de Sinear, nas margens do rio Eufrates. ... EF 110 1 Ali resolveram edificar uma cidade, e nela uma torre de altura tão estupenda que havia de torná-la uma maravilha do mundo. -- Patriarcas e Profetas, 118-119. As cidades são viveiros de vícios EF 110 2 A sucessão de prazeres e divertimentos centraliza-se nas cidades. Muitos pais que escolhem um lar na cidade para os filhos, pensando dar-lhes maiores vantagens, são desapontados, mas demasiado tarde se arrependem de seu terrível erro. As cidades de nosso tempo tornam-se depressa como Sodoma e Gomorra. Os muitos feriados animam à ociosidade. Os divertimentos -- o teatro, corridas de cavalo, jogos, as bebidas alcoólicas, banquetes e orgias -- estimulam ao extremo todas as paixões. A juventude é arrastada pela corrente popular. -- Parábolas de Jesus, 54. EF 110 3 Foi-me revelado que as cidades se encherão de confusão, violência e crime, e que estas coisas aumentarão até ao fim da história da Terra. -- Testemunhos Seletos 3:115. EF 110 4 Em todo o mundo as cidades se estão tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. -- A Ciência do Bom Viver, 363. Juízos que sobrevêm às cidades EF 110 5 Terríveis abalos sobrevirão à Terra, e os suntuosos palácios erigidos à custa de enormes despesas certamente se transformarão em montões de ruínas. -- Manuscript Releases 3:312. EF 111 1 Quando é retirada a mão de Deus que restringe, o destruidor começa sua obra. Então ocorrerão as maiores calamidades em nossas cidades. -- Manuscript Releases 3:314. EF 111 2 O Senhor faz advertências aos habitantes da Terra, como no incêndio de Chicago e nos de Melbourne, Londres e da cidade de Nova Iorque. -- Manuscrito 127, 1897. EF 111 3 O fim está perto, e cada cidade será transtornada de todos os modos. Haverá confusão em todas as cidades. Tudo que puder ser abalado há de ser abalado, e não sabemos o que virá em seguida. Os juízos serão de acordo com a iniqüidade das pessoas e a luz da verdade que elas tiveram. -- Manuscript Releases 1:248. EF 111 4 Quem dera que o povo de Deus tivesse uma idéia da impendente destruição de milhares de cidades, agora quase dominadas pela idolatria! -- Evangelismo, 29. EF 111 5 Está próximo o tempo em que grandes cidades serão destruídas, e todos devem ser advertidos destes juízos vindouros. -- Evangelismo, 29. Edifícios à prova de catástrofes se transformarão em cinzas EF 111 6 Vi as mais dispendiosas estruturas de edifícios erigidos e que se acreditava serem à prova de fogo. E assim como Sodoma pereceu nas chamas da vingança de Deus, essas suntuosas construções também se transformarão em cinzas. ... Os lisonjeiros monumentos da grandeza de homens serão reduzidos a pó, mesmo antes que sobrevenha ao mundo a última grande destruição. -- Mensagens Escolhidas 3:418-419. EF 112 1 Deus está retirando Seu Espírito das ímpias cidades, as quais se tornaram como as cidades do mundo antediluviano e como Sodoma e Gomorra. ... Suntuosas mansões, maravilhas da habilidade arquitetônica, serão destruídas num momento para outro, quando o Senhor notar que os proprietários excederam os limites do perdão. A destruição, pelas chamas, de majestosos edifícios que se presumia serem à prova de fogo, é uma ilustração de como em pouco tempo a arquitetura da Terra jazerá em ruínas. -- Este Dia Com Deus, 150. EF 112 2 Os homens continuarão a erigir edifícios dispendiosos, que custem milhões de dólares. Será dada especial atenção à sua beleza arquitetônica e à firmeza e solidez com que são construídos, mas o Senhor me informou que, não obstante a extraordinária firmeza e o dispendioso aparato, esses edifícios terão o mesmo fim que o templo de Jerusalém. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1098. A cidade de Nova Iorque EF 112 3 Deus não tem executado Sua ira sem misericórdia. Sua mão ainda está estendida. Sua mensagem precisa ser transmitida na Grande Nova Iorque. Deve ser mostrado ao povo como é possível para Deus, com um simples toque de Sua mão, destruir os bens que eles acumularam para o último grande dia. -- Manuscript Releases 3:310-311. EF 112 4 Não tenho luz especial a respeito do que sobrevirá a Nova Iorque, mas sei que um dia os grandes edifícios que estão ali serão demolidos pela ação construtiva e destrutiva do poder de Deus. ... A morte chegará a todos os lugares. É por isso que estou tão ansiosa de que nossas cidades sejam advertidas. -- The Review and Herald, 5 de Julho de 1906. EF 113 1 Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova Iorque, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar sobre andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido erigidos para glorificar seus proprietários e construtores. ... EF 113 2 A cena que em seguida passou perante mim foi um alarma de fogo. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente incombustíveis, e diziam: "Estão perfeitamente seguros." Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de pez. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os bombeiros não podiam fazer funcionar as máquinas. -- Testemunhos Seletos 3:281-282. Chicago e Los Angeles EF 113 3 Cenas que logo ocorreriam em Chicago e outras grandes cidades também passaram diante de mim. Ao avolumar-se a iniqüidade e retirar-se o protetor poder de Deus, houve tempestades e ventos destruidores. Edifícios foram destruídos pelo fogo e deitados abaixo por terremotos. ... EF 113 4 Algum tempo depois disso, foi-me mostrado que a visão dos edifícios em Chicago e o ônus sobre os recursos de nosso povo para erigi-los, e sua destruição, eram uma lição prática para nosso povo, advertindo-os de que não deviam investir amplamente seus recursos em propriedades na cidade de Chicago, ou em alguma outra cidade, a não ser que a Providência Divina abrisse o caminho e indicasse claramente o dever de construir ou comprar, por ser necessário à transmissão da mensagem de advertência. Foi feita uma admoestação similar no tocante ao ato de construir em Los Angeles. Reiteradas vezes tenho sido avisada de que não devemos aplicar recursos na construção de edifícios dispendiosos nas cidades. -- Para Conhecê-lo, 50. São Francisco e Oakland EF 114 1 São Francisco e Oakland estão se tornando como Sodoma e Gomorra, e o Senhor irá puni-las. Não vai longe o tempo em que elas sofrerão os Seus juízos. -- Manuscrito 30, 1903. EF 114 2 O terrível terremoto que sobreveio a São Francisco será seguido de outras manifestações do poder de Deus. Sua lei tem sido transgredida. As cidades tornaram-se poluídas pelo pecado. Estudai a história de Nínive. Deus enviou uma mensagem especial a essa cidade iníqua por intermédio de Jonas. ... Muitas mensagens como a sua seriam transmitidas em nossa época, se as cidades iníquas se arrependessem como Nínive. -- Manuscrito 61a, 3 de Junho de 1906. EF 114 3 Mesmo nas cidades em que os juízos de Deus têm caído em conseqüência dessa transgressão, não há sinais de arrependimento. Os bares ainda estão abertos e muitas tentações são mantidas diante do povo. -- Carta 268, 20 de Agosto de 1906. Outras cidades iníquas EF 114 4 Ao nos aproximarmos do fim da história terrestre, as cenas da calamidade de São Francisco hão de repetir-se em outros lugares. ... Estas coisas me infundem um ar muito solene, pois sei que o dia do juízo está precisamente diante de nós. Os juízos que já ocorreram constituem uma advertência, mas não o fim da punição que sobrevirá às cidades iníquas. ... EF 115 1 [Habacuque 2:1-20; Sofonias 1:1-3:20; Zacarias 1:1-4:14; Malaquias 1:1-4.] Estas cenas logo serão presenciadas assim como foram claramente descritas. Apresento estas maravilhosas declarações das Escrituras para consideração de todos. As profecias relatadas no Antigo Testamento são a palavra do Senhor para os últimos dias, e cumprir-se-ão com tanta certeza como vimos a desolação de São Francisco. -- Carta 154, 26 de Maio de 1906. EF 115 2 Tenho ordem de declarar a mensagem, dizendo que as cidades onde reina a transgressão, extremamente pecadoras, serão destruídas por terremotos, pelo fogo e por dilúvio. -- Evangelismo, 27. EF 115 3 Todas as advertências de Cristo acerca dos eventos que ocorrerão perto do fim da história terrestre estão agora se cumprindo em nossas grandes cidades. Deus está permitindo que estas coisas sejam trazidas à luz para que as possa ler até quem passa correndo. A cidade de São Francisco é uma amostra do que o mundo inteiro está-se tornando. O pernicioso suborno, a malversação de recursos, as transações fraudulentas entre homens que têm autoridade para soltar os culpados e condenar os inocentes -- toda essa iniqüidade está enchendo outras grandes cidades da Terra e tornando o mundo como ele era nos dias que precederam o Dilúvio. -- Carta 230, 1907. Os sindicatos nas cidades EF 116 1 Satanás está ativamente em operação em nossas cidades populosas. Sua obra é observada na confusão, na luta e discórdia entre o capital e o trabalho, bem como na hipocrisia que penetrou nas igrejas. ... A concupiscência da carne, a soberba dos olhos, a ostentação do egoísmo, o abuso do poder, a crueldade e a força empregados para fazer com que os homens se liguem às confederações e uniões -- atando-se a si mesmos em molhos para a queima dos grandes fogos dos últimos dias -- tudo isso é operação de instrumentos satânicos. -- Evangelismo, 26. EF 116 2 Os ímpios estão sendo atados em feixes, atados em conglomerados comerciais, em sindicatos, em confederações. Não devemos ter nada que ver com essas organizações. Deus é o nosso Soberano, o nosso Governador, e Ele nos convida a sair e separar-nos do mundo. "Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras." 2 Coríntios 6:17. Se recusarmos fazer isso, se continuarmos a nos vincular ao mundo e a encarar toda questão de um ponto de vista mundano, tornar-nos-emos como o mundo. Quando métodos e idéias mundanos governam nossas transações, não podemos colocar-nos sobre a elevada e santa plataforma da verdade eterna. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1142. Os sindicatos -- Fonte de perturbação para os adventistas EF 116 3 Os sindicatos serão um dos instrumentos que trarão sobre a Terra um tempo de angústia tal como nunca houve desde o princípio do mundo. ... EF 117 1 Alguns homens combinarão segurar todos os meios que se possam obter em certos ramos de negócio. Formar-se-ão sindicatos, e os que a eles se recusam unir serão homens marcados. ... EF 117 2 Por causa dessas uniões e confederações, logo será muito difícil nossas instituições levarem avante seu trabalho nas cidades. Minha advertência é: Conservai-vos fora das cidades. Não edifiqueis sanatórios nas cidades. -- Mensagens Escolhidas 2:142. EF 117 3 Bem depressa se aproxima o tempo em que o poder controlador dos sindicatos será muito opressivo. -- Mensagens Escolhidas 2:141. Nas cidades, muitos anseiam por luz e verdade EF 117 4 As cidades das nações serão tratadas rigorosamente; contudo, não serão castigadas com a extrema indignação de Deus, porque algumas almas ainda se despregarão dos enganos do inimigo, arrepender-se-ão e se converterão. -- Evangelismo, 27. EF 117 5 As trevas espirituais que cobrem o mundo inteiro estão-se intensificando nos apinhados centros populacionais. É nas cidades das nações que os obreiros evangélicos encontram a maior impenitência e a maior necessidade. E nessas mesmas cidades os ganhadores de almas deparam com algumas das maiores oportunidades. Em meio às multidões que não pensam em Deus e no Céu, encontram-se muitos que almejam luz e pureza de coração. Até mesmo entre os descuidados e indiferentes, a atenção de não poucas pessoas pode ser atraída por uma revelação do amor de Deus pela alma humana. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1910. É preciso haver diligente esforço nas cidades EF 118 1 Como preparação para a vinda de nosso Senhor, devemos realizar um amplo trabalho nas grandes cidades. Temos um solene testemunho a ser dado nesses grande centros. -- Words of Encouragement to Self-supporting Workers, 5. EF 118 2 A mensagem de advertência para este tempo não está sendo transmitida diligentemente no grande mundo comercial. Dia a dia os centros de comércio estão repletos de homens e mulheres que necessitam da verdade para este tempo, mas não obtêm conhecimento para a salvação de seus preciosos princípios porque não são envidados diligentes e perseverantes esforços para alcançar esta classe de pessoas onde elas se encontram. -- Counsels to Writers and Editors, 14. EF 118 3 A mensagem do terceiro anjo deve agora ser proclamada não só em países distantes, mas também em negligenciados lugares por perto, em que há multidões não advertidas e salvas. Nossas cidades, em toda parte, requerem diligente e sincero trabalho da parte dos servos de Deus. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1910. Nem todos podem deixar as cidades por enquanto EF 118 4 Sempre que possível, é dever dos pais estabelecer lares no campo para os filhos. -- O Lar Adventista, 141. EF 118 5 Conforme o tempo avança, cada vez mais terá nosso povo de sair das cidades. Durante anos temos recebido a instrução de que nossos irmãos e irmãs, e especialmente as famílias que têm filhos, devem fazer planos para abandonar as cidades, conforme diante deles se abra o caminho para fazê-lo. Muitos terão de trabalhar com empenho para ajudar a abrir o caminho. Mas até que seja possível saírem, durante todo o tempo que ali permanecerem, devem ser muito ativos em fazer trabalho missionário, por mais limitada que seja a sua esfera de influência. -- Mensagens Escolhidas 2:360. EF 119 1 Nossas cidades estão se tornando cada vez mais ímpias, e cada vez mais se torna evidente que os que desnecessariamente nelas permanecem, fazem-no pondo em perigo a salvação de sua alma. -- Vida no Campo, 14. EF 119 2 Cidades e vilas se acham embebidas no pecado e na corrupção moral; todavia existem Lós em toda Sodoma. -- Testemunhos Seletos 2:416. Escolas, igrejas e restaurantes nas cidades EF 119 3 Muito mais se pode fazer para salvar e educar os filhos dos que presentemente não podem sair das cidades. Essa é uma questão digna dos nossos melhores esforços. Devem-se estabelecer escolas de igreja para as crianças que estão nas cidades, e em ligação com essas escolas, devem-se tomar providências para o ensino de estudos mais elevados, onde estes forem exigidos. -- Orientação da Criança, 306. EF 119 4 Nossos restaurantes devem estar nas cidades; pois de outra maneira os obreiros desses restaurantes não poderiam alcançar o povo e ensinar-lhe os princípios do viver sadio. -- Mensagens Escolhidas 2:142. EF 120 1 Repetidamente nos vem o Senhor instruindo que devemos fazer o trabalho nas cidades partindo de centros da periferia. Nessas cidades, devemos ter casas de culto, como memoriais de Deus, mas as instituições para a publicação de nossa literatura, para a cura dos enfermos e para o preparo de obreiros, devem ser estabelecidas fora das cidades. É, especialmente, importante que nossos jovens sejam protegidos das tentações da vida nas cidades. -- Mensagens Escolhidas 2:358. Não são aconselhadas mudanças precipitadas EF 120 2 Cada qual tome tempo para considerar cuidadosamente e não ser como o homem da parábola que começou a edificar e não pôde terminar. Nenhuma mudança se deve fazer sem que tal passo e tudo o que ele implica sejam cuidadosamente considerados -- tudo pesado. ... EF 120 3 Pode haver indivíduos que agem precipitadamente, e entram em algum negócio de que nada sabem. Deus não exige tal coisa. ... EF 120 4 Nada se faça de maneira desordenada, para que não haja grande perda ou sacrifício de propriedade, devido a discursos ardentes e impulsivos que despertam um entusiasmo que não é segundo a vontade de Deus; para que, por falta de equilibrada moderação, e devida contemplação, e de sadios princípios e propósitos, uma vitória que necessitava ser ganha se transforme em derrota. -- Mensagens Escolhidas 2:362-363. O sinal de fuga das cidades EF 121 1 Não vem muito distante o tempo em que, como os antigos discípulos, seremos forçados a buscar refúgio em lugares desolados e solitários. Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas. -- Testemunhos Seletos 2:166. Alguns justos nas cidades, depois de aprovado o decreto de morte EF 121 2 No tempo da angústia fugimos todos das cidades e vilas, mas fomos perseguidos pelos ímpios, os quais entraram nas casas dos santos com espada. -- Primeiros Escritos, 34. EF 121 3 Ao deixarem os santos as cidades e vilas, eram perseguidos pelos ímpios, que os procuravam matar. Mas as espadas que se levantavam para matar o povo de Deus, quebravam-se e caíam tão impotentes como uma palha. Anjos de Deus escudavam os santos. -- Primeiros Escritos, 284-285. EF 121 4 Posto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de todo aquele que é fiel. Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros. -- O Grande Conflito, 631. ------------------------Capítulo 9 -- Leis dominicais O desafio de Satanás à autoridade de Deus EF 123 1 Deus denuncia Babilônia porque "tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição". ... EF 123 2 Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, santificando este dia e separando-o de todos os outros como sagrado a Sua própria Pessoa, para que fosse observado por Seu povo durante todas as suas gerações. Mas o homem do pecado, exaltando-se acima de Deus, assentando-se no templo de Deus e ostentando-se como se fosse o próprio Deus, cuidou em mudar os tempos e as leis. Este poder, tencionando provar que não somente era igual a Deus, mas estava acima de Deus, mudou o dia de repouso, colocando o primeiro dia da semana onde deveria estar o sétimo. E o mundo protestante tem admitido que este filho do papado seja considerado sagrado. Na Palavra de Deus, isto é chamado de sua fornicação. Apocalipse 14:8. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:979. EF 123 3 Durante a dispensação cristã, o grande inimigo da felicidade do homem fez do sábado do quarto mandamento um objeto de ataque especial. Satanás diz: "Eu atravessarei os propósitos de Deus. Capacitarei meus seguidores a porem de lado o memorial de Deus, o sábado do sétimo dia. Assim, mostrarei ao mundo que o dia abençoado e santificado por Deus foi mudado. Esse dia não perdurará na mente do povo. Apagarei a lembrança dele. Porei em seu lugar um dia que não leve as credenciais de Deus, um dia que não seja um sinal entre Deus e Seu povo. Levarei os que aceitarem este dia a porem sobre ele a santidade que Deus pôs sobre o sétimo dia." -- Profetas e Reis, 183-184. O Sábado -- O grande ponto em litígio EF 124 1 Na peleja a ser travada nos últimos dias estarão unidos, em oposição ao povo de Deus, todos os poderes corruptos que apostataram da lealdade à lei de Jeová. Nessa peleja, o sábado do quarto mandamento será o grande ponto em litígio, pois no mandamento do sábado o grande Legislador Se identifica como o Criador dos céus e da Terra. -- Mensagens Escolhidas 3:392-393. EF 124 2 "Certamente guardareis os Meus sábados", diz o Senhor; "pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." Êxodo 31:13. Alguns procurarão colocar obstáculos no caminho da observância do sábado, dizendo: "Não sabeis que dia é o sábado", mas parecem saber quando chega o domingo, e têm manifestado grande zelo em fazer leis impondo sua observância. -- The Kress Collection, 148. O movimento da lei dominical na década de 1880 EF 125 1 Por muitos anos temos esperado que seja promulgada uma lei dominical em nosso país, e agora que o movimento está precisamente diante de nós, perguntamos: O que nosso povo pretende fazer neste sentido? ... Devemos buscar especialmente a Deus, pedindo que agora seja concedido graça e poder a Seu povo. Deus vive, e não cremos que chegou plenamente o tempo em que Ele queira que nossas liberdades sejam restringidas. EF 125 2 O profeta viu "quatro anjos em pé nos quatro cantos da Terra, conservando seguros os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma". Outro anjo, "que subia do nascente do Sol", gritou para eles, dizendo: "Não danifiqueis nem a Terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos em suas frontes os servos do nosso Deus." Isto aponta para a obra que temos de fazer agora: clamar a Deus para que os anjos segurem os quatro ventos até que sejam enviados missionários a todas as partes do mundo e tenham proclamado a advertência acerca da desobediência à lei de Jeová. -- Review and Herald Extra, 11 de Dezembro de 1888. Defensores da lei dominical não compreendem o que fazem EF 125 3 O movimento dominical está agora abrindo caminho nas trevas. Os líderes encobrem a verdadeira questão, e muitos que se unem ao movimento não percebem para onde propende a tendência oculta. ... Eles estão agindo como cegos. Não vêem que se um governo protestante abandona os princípios que deles fizeram uma nação livre e independente, e, pela legislação, introduz na Constituição princípios que propaguem a falsidade e ilusão papal, eles estão se lançando nos horrores romanos da Idade Média. -- Review and Herald Extra, 11 de Dezembro de 1888. EF 126 1 Muitos há, mesmo entre os que se empenham neste movimento em favor da imposição do domingo, que se acham cegos aos resultados que seguirão a essa ação. Não vêem que golpeiam diretamente a liberdade religiosa. Muitos existem que jamais compreenderam as reivindicações do sábado bíblico e o falso fundamento sobre o qual repousa a instituição do domingo. ... EF 126 2 Os que se empenham em conseguir uma emenda à Constituição, para obter uma lei que imponha a observância do domingo, mal compreendem qual vai ser o resultado. Uma crise está iminente. -- Testemunhos Seletos 2:318-352. Não ficar parado, sem fazer nada EF 126 3 É nosso dever fazer tudo que estiver ao nosso alcance para evitar o perigo que se aproxima. ... Sobre homens e mulheres de oração, em todas as partes do país, recai a grande responsabilidade de pedir que Deus afaste essa nuvem do mal, e conceda mais alguns anos de graça para trabalharmos para o Mestre. -- Review and Herald Extra, 11 de Dezembro de 1888. EF 126 4 Os que estão agora guardando os mandamentos de Deus precisam pôr-se em atividade para obter a ajuda especial que só Deus pode dar-lhes. Devem trabalhar mais diligentemente para adiar até quando for possível a calamidade que se aproxima. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. EF 127 1 O povo de Deus, que guarda os mandamentos, não deve permanecer calado neste tempo, como se aceitássemos a situação de bom grado. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:975. EF 127 2 Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. Fervente e eficaz oração deve ascender ao Céu para que essa calamidade seja deferida até que possamos realizar a obra por tanto tempo negligenciada. Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações. -- Testemunhos Seletos 2:320-321. EF 127 3 Há muitos que estão despreocupados, e se acham, por assim dizer, adormecidos. Eles dizem: "Se a profecia predisse a imposição da observância do domingo, a lei certamente será promulgada", e, tendo chegado a essa conclusão, assentam-se em calma expectativa do evento, confortando-se com o pensamento de que Deus protegerá Seu povo no tempo de angústia. Mas o Senhor não nos livrará se não fizermos algum esforço para realizar a obra que Ele nos confiou. ... EF 127 4 Como fiéis atalaias, deveis dar o aviso ao ver que vem a espada, para que homens e mulheres, pela ignorância, não sigam um rumo que evitariam se conhecessem a verdade. -- Review and Herald Extra, 24 de Dezembro de 1889. Combater as leis dominicais pela pena e pela voz EF 127 5 Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser reverenciado. É um sábado espúrio, e os membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de Deus, pisando Seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 475. EF 128 1 Espero que a trombeta dê o sonido certo no tocante a esse movimento da lei dominical. Penso que seria melhor se, em nossas revistas, o assunto da perpetuidade da lei de Deus se tornasse uma especialidade. ... Devemos agora fazer tudo que for possível para derrotar essa lei dominical. -- Counsels to Writers and Editors, 97-98. Os Estados Unidos aprovarão uma lei dominical EF 128 2 Quando nossa nação renunciar os princípios de seu governo de tal forma que vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao papado. -- Testemunhos Seletos 2:318. EF 128 3 Os protestantes lançarão toda a sua influência e poder ao lado do papado. Por um ato nacional impondo o falso sábado, eles darão vida e vigor à corrompida fé de Roma, avivando sua tirania e opressão da consciência. -- Maranata, 179. EF 128 4 Mais cedo ou mais tarde serão aprovadas leis dominicais. -- The Review and Herald, 16 de Fevereiro de 1905. EF 129 1 Em breve serão impostas as leis dominicais, e homens em posições de confiança ficarão furiosos com o pequeno número do povo de Deus que guarda os mandamentos. -- Manuscript Releases 4:278. EF 129 2 A profecia do Capítulo 13 do Apocalipse declara que o poder representado pela besta de cornos semelhantes aos do cordeiro fará com que a "Terra e os que nela habitam" adorem o papado, ali simbolizado pela besta "semelhante ao leopardo". ... Esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua supremacia. ... EF 129 3 A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do domingo. -- O Grande Conflito, 578, 579-592. Argumentos usados pelos defensores da lei dominical EF 129 4 Satanás dá sua interpretação aos eventos, e os homens pensam, como ele quer que o façam, que as calamidades que enchem a Terra constituem um resultado da transgressão do domingo. Tencionando aplacar a ira de Deus, esses homens influentes fazem leis impondo a observância do domingo. -- Manuscript Releases 10:239. EF 129 5 Esta mesma classe apresenta a alegação de que a corrupção que rapidamente se alastra é atribuível em grande parte à profanação do descanso dominical, e que a imposição da observância do domingo melhoraria grandemente a moral da sociedade. Insiste-se nisto especialmente na América do Norte, onde a doutrina do verdadeiro sábado tem sido mais amplamente pregada. -- O Grande Conflito, 587. O protestantismo e o catolicismo agirão de comum acordo EF 130 1 O protestantismo dará a mão da comunhão ao poder romano. Então haverá uma lei contra o sábado da criação divina, e será nessa ocasião que Deus efetuará Sua "estranha obra" na Terra. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:910. EF 130 2 Não conseguimos ver como a Igreja romana poderá desembaraçar-se da acusação de idolatria. ... E esta é a religião que os protestantes estão começando a encarar com tanto agrado e que finalmente se unirá com o protestantismo. Esta união não será, porém, efetuada por uma mudança no catolicismo, pois Roma não muda. Ela declara possuir infalibilidade. É o protestantismo que mudará. A adoção de idéias liberais, de sua parte, o conduzirá ao ponto em que possa apertar a mão do catolicismo. -- The Review and Herald, 1 de Junho de 1886. EF 130 3 O pretenso mundo protestante formará uma confederação com o homem do pecado, e a igreja e o mundo estarão em corrupta harmonia. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:975. EF 130 4 O romanismo no Velho Mundo, e o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos. -- O Grande Conflito, 615-616. As leis dominicais honram a Roma EF 131 1 Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável. ... EF 131 2 A imposição da guarda do domingo pelos protestantes é uma obrigatoriedade do culto ao papado. ... EF 131 3 No próprio ato de impor um dever religioso por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem à besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem. -- O Grande Conflito, 445, 448-449. EF 131 4 Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. -- Testemunhos Seletos 2:151. Roma recuperará a supremacia perdida EF 131 5 Ao aproximar-nos da última crise, é de vital importância que existam entre as instrumentalidades do Senhor harmonia e união. O mundo está cheio de tempestade, guerra e contenda. Contudo, ao mando de um chefe -- o poder papal -- o povo se unirá para opor-se a Deus na pessoa de Suas testemunhas. Essa união é cimentada pelo grande apóstata. -- Testemunhos Seletos 3:171. EF 132 1 Leis impondo a observância do domingo como o sábado ocasionarão uma apostasia nacional dos princípios do republicanismo em que se baseia o governo. A religião do papado será aceita pelos governantes, e será invalidada a lei de Deus. -- Manuscript Releases 7:192. EF 132 2 É evidente que uma época de grandes trevas intelectuais tem sido favorável ao êxito do papado. Ainda será demonstrado que uma época de grande luz intelectual também é favorável ao seu êxito. -- Spirit of Prophecy 4:390. EF 132 3 No movimento ora em ação nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituições e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes estão a seguir as pegadas dos romanistas. Na verdade, mais que isto, estão abrindo a porta para o papado a fim de adquirir na América protestante a supremacia que perdeu no Velho Mundo. -- O Grande Conflito, 573. Uma lei dominical nacional significa apostasia nacional EF 132 4 A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais. ... Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. ... EF 133 1 Como a aproximação dos exércitos romanos foi um sinal para os discípulos da iminente destruição de Jerusalém, assim essa apostasia será para nós um sinal de que o limite da paciência de Deus está atingido. -- Testemunhos Seletos 2:150-151. EF 133 2 Precisamos tomar a firme posição de que não reverenciaremos o primeiro dia da semana como o sábado, pois ele não é o dia que foi abençoado e santificado por Jeová, e reverenciando o domingo nós nos colocaríamos ao lado do grande enganador. ... EF 133 3 Quando for invalidada a lei de Deus e a apostasia se tornar um pecado nacional, o Senhor agirá em favor de Seu povo. -- Mensagens Escolhidas 3:388. EF 133 4 O povo dos Estados Unidos tem sido um povo favorecido, mas quando eles restringirem a liberdade religiosa, renunciarem ao protestantismo e apoiarem o papado, a medida de sua culpa estará cheia, e nos livros do Céu será escrito: "apostasia nacional". -- The Review and Herald, 2 de Maio de 1893. A apostasia nacional será seguida de ruína nacional EF 133 5 Quando nossa nação [Estados Unidos], em suas assembléias legislativas, promulgar leis que restrinjam a consciência das pessoas quanto ao seus privilégios religiosos, impondo a observância do domingo e exercendo poder opressor contra os que guardam o sábado do sétimo dia, a lei de Deus será, para todos os efeitos, invalidada em nosso país, e a apostasia nacional será seguida de ruína nacional. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:977. EF 134 1 É ao tempo da apostasia nacional, quando, agindo segundo os métodos de Satanás, os governantes da Terra se enfileirarem ao lado do homem do pecado -- é então que a medida da culpa se encherá; a apostasia nacional é o sinal para a ruína da nação. -- Mensagens Escolhidas 2:373. EF 134 2 Princípios católicos romanos serão adotados sob o cuidado e a proteção do Estado. Esta apostasia nacional será rapidamente seguida pela ruína nacional. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1897. EF 134 3 Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade mancomunada da Igreja e do Estado. Haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional. -- Evangelismo, 234-235. EF 134 4 Quando o Estado usar seu poder para impor os decretos e amparar as instituições da Igreja -- então a América Protestante terá formado uma imagem do papado e haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:976. Legislação dominical universal EF 134 5 A História se repetirá. A religião falsa será exaltada. O primeiro dia da semana, um dia comum de trabalho que não possui santidade alguma, será estabelecido como o foi a estátua de Babilônia. A todas as nações, línguas e povos se ordenará que venerem esse sábado espúrio. ... O decreto impondo a veneração desse dia se estenderá a todo o mundo. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:976. EF 135 1 Quando a América, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo. -- Testemunhos Seletos 2:373. EF 135 2 A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que o mundo inteiro há de ser envolvido. -- Testemunhos Seletos 3:19. EF 135 3 As nações estrangeiras seguirão o exemplo dos Estados Unidos. Posto que ela seja a líder, a mesma crise atingirá todo o nosso povo em toda parte do mundo. -- Testemunhos Seletos 3:46. EF 135 4 A substituição do verdadeiro pelo falso é o último ato do drama. Quando esta substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Quando as leis dos homens forem exaltadas acima das leis de Deus, quando os poderes da Terra procurarem obrigar os homens a guardar o primeiro dia da semana, sabei que chegou o tempo para Deus agir. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:980. EF 136 1 A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. -- Testemunhos Seletos 3:142-143. O mundo inteiro apoiará a legislação dominical EF 136 2 Os ímpios... declaravam que tinham a verdade, que havia milagres entre eles; que anjos do Céu conversavam e andavam com eles, que grande poder e sinais e maravilhas eram realizados em seu meio, e que isso constituía o milênio temporal que aguardavam há tanto tempo. Todo o mundo se convertera e estava em harmonia com a lei dominical. -- Mensagens Escolhidas 3:427-428. EF 136 3 O mundo todo há de ser instigado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 37. EF 136 4 Os que calcam aos pés a lei de Deus fazem leis humanas que eles obrigarão as pessoas a aceitar. Homens imaginarão, deliberarão e planejarão o que irão fazer. O mundo inteiro guarda o domingo, dizem eles, e por que este povo, cujo número é tão pequeno, não haveria de proceder de acordo com as leis do país? -- Manuscrito 163, 1897. O conflito concentra-se na cristandade EF 136 5 O chamado mundo cristão será o palco de grandes ações decisivas. Homens com autoridade promulgarão leis para controlar a consciência, segundo o exemplo do papado. Babilônia fará que todas as nações bebam do vinho da ira de sua prostituição. Toda nação será envolvida. João, o Revelador, declara o seguinte sobre esse tempo: ... "Têm estes um só pensamento." Apocalipse 18:3-7; 17:13-14. Haverá um laço de união universal, uma grande harmonia, uma confederação de forças satânicas. "E oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem." Assim é manifestado o mesmo poder arbitrário e opressor contra a liberdade religiosa, contra a liberdade de adorar a Deus de acordo com os ditames da consciência, que foi manifestado pelo papado, quando no passado ele perseguiu os que ousaram recusar conformar-se aos ritos e cerimônias religiosas dos romanistas. -- Mensagens Escolhidas 3:392. EF 137 1 Todo o mundo cristão estará envolvido no grande conflito entre a fé e a incredulidade. -- The Review and Herald, 7 de Fevereiro de 1893. EF 137 2 Toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes -- os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. -- O Grande Conflito, 450. EF 137 3 Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal. -- O Grande Conflito, 615. EF 138 1 Quando o decreto promulgado pelos vários governantes da cristandade contra os observadores dos mandamentos lhes retirar a proteção do governo, abandonando-os aos que lhes desejam a destruição, o povo de Deus fugirá das cidades e vilas e reunir-se-á em grupos, habitando nos lugares mais desertos e solitários. -- O Grande Conflito, 626. Não manifestar provocação EF 138 2 Os que compõem nossas igrejas têm traços de caráter que, se não forem muito cuidadosos, os levarão a sentirem-se indignados, porque, devido a falsas informações, é tirada sua liberdade de trabalhar no domingo. Não vos encolerizeis por causa dessa questão, mas levai tudo a Deus em oração. Só Ele pode refrear o poder dos governantes. Não procedais irrefletidamente. Que ninguém se vanglorie insensatamente de sua liberdade, usando-a por pretexto da malícia, mas como servos de Deus, "tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei". 1 Pedro 2:17. EF 138 3 Este conselho deve ser de real valor para todos aqueles que forem levados a situações difíceis. Não se deve manifestar coisa alguma que denote provocação ou possa ser interpretado como maldade. -- Manuscript Releases 2:193-194. Abster-se de trabalhar no domingo EF 138 4 Quanto ao campo relativo aos Estados do Sul, a obra nessa região precisa ser efetuada o mais sensata e cuidadosamente possível, e da maneira em que Cristo agiria. O povo logo descobrirá o que credes a respeito do domingo e do sábado, pois eles farão perguntas. Então podeis dizer-lhes isso, mas não de tal modo que atraia a atenção para vosso trabalho. Não precisais abreviar vossa obra por trabalhar no domingo. ... EF 139 1 Abster-se de trabalhar no domingo não é receber o sinal da besta. ... Nos lugares em que a oposição é tão forte que suscite perseguição, se for efetuado algum trabalho no domingo, que nossos irmãos façam desse dia uma ocasião para realizar genuíno trabalho missionário. -- The Southern Work, 69-70. EF 139 2 Se eles viessem até aqui e dissessem: "Deveis parar vosso trabalho e vossos prelos no domingo", eu não vos diria: ... "Mantende os prelos em movimento", pois o conflito não é entre vós e o vosso Deus. -- Manuscrito 163, 1898. EF 139 3 Não devemos achar que temos a obrigação de irritar nossos vizinhos que veneram o domingo, fazendo decididos esforços para expor intencionalmente diante deles o trabalho realizado nesse dia, a fim de demonstrar independência. Nossas irmãs não precisam escolher o domingo como o dia para mostrarem a lavagem de roupa. -- Mensagens Escolhidas 3:399. Empenhar-se em atividades espirituais no domingo EF 139 4 Procurarei responder à vossa pergunta quanto ao que deveis fazer no caso de serem decretadas leis dominicais. EF 139 5 A luz que me foi dada pelo Senhor numa ocasião em que esperávamos justamente essa crise que parece estar-se aproximando de vós, foi que, quando o povo estivesse sendo, por um poder de baixo, compelido à observância do domingo, os adventistas do sétimo dia mostrassem prudência deixando seu trabalho ordinário nesse dia e dedicando-se a atividades missionárias. EF 140 1 Desafiar as leis dominicais não fará senão fortalecer em suas perseguições os fanáticos religiosos que as buscam impor. Não lhes deis ocasião alguma de vos chamarem violadores da lei. ... Ninguém receberá o sinal da besta pelo fato de mostrar que compreende a sabedoria de manter a paz mediante a abstenção de trabalho que constitua delito. ... EF 140 2 O domingo pode ser empregado para desenvolver vários ramos de trabalho que muito farão em proveito do Senhor. Podem realizar-se nesse dia reuniões ao ar livre, ou em casas de família. Pode fazer-se trabalho de casa em casa. Os que escrevem, podem consagrar esse dia para redigir seus artigos. Realizem-se cultos religiosos no domingo, sempre que possível. Tornem-se essas reuniões vivamente interessantes. Cantem-se verdadeiros hinos de reavivamento, e fale-se com firmeza e poder do amor de Cristo. -- Testemunhos Seletos 3:395-396. EF 140 3 Levai os estudantes para fora, a fim de realizarem reuniões em lugares diferentes e efetuarem obra médico-missionária. Eles encontrarão as pessoas em casa e terão excelente oportunidade para apresentarem a verdade. Esta maneira de passar o domingo é sempre agradável ao Senhor. -- Testemunhos para a Igreja 9:238. A beleza da verdade evidenciada pela oposição EF 140 4 O zelo dos que obedecem ao Senhor aumentará à medida que o mundo e a Igreja se unirem para invalidar a lei. Toda objeção levantada contra os mandamentos de Deus abrirá o caminho para o avanço da verdade e habilitará os seus defensores a apresentarem seu valor perante os homens. Há uma beleza e poder na verdade que nada poderá tornar tão evidente como a oposição e a perseguição. -- Manuscript Releases 13:71-72. EF 141 1 Este tempo, em que se faz tanto esforço para impor a observância do domingo, é a verdadeira oportunidade para apresentar ao mundo o autêntico sábado em contraste com o falso. O Senhor, em Sua providência, está muito à frente de nós. Ele tem permitido que essa questão do domingo seja realçada para que o sábado do quarto mandamento possa ser apresentado perante as assembléias legislativas. Assim os dirigentes da nação poderão ter a atenção despertada para o testemunho da Palavra de Deus a favor do verdadeiro sábado. -- Manuscript Releases 2:197. Antes obedecer a Deus do que aos homens EF 141 2 Os seguidores da verdade são agora compelidos a escolher entre desrespeitar um claro preceito da Palavra de Deus, ou perder a liberdade. Se renunciarmos à Palavra de Deus e aceitarmos costumes e tradições humanos, talvez ainda nos seja permitido viver entre os homens, comprar e vender, e ter os nossos direitos respeitados. Se, porém, mantivermos a lealdade a Deus, isto se dará à custa de nossos direitos entre os homens, pois os inimigos da lei de Deus têm-se coligado para esmagar o juízo independente nas questões da fé religiosa e do controle das consciências humanas. ... EF 142 1 O povo de Deus reconhecerá o governo humano como sistema estabelecido por determinação divina e, por preceito e exemplo, ensinará obediência a ele como dever sagrado enquanto sua autoridade for exercida em sua legítima esfera de ação. Mas quando as suas reivindicações estão em desacordo com as reivindicações de Deus, devemos escolher obedecer antes a Deus do que aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida e obedecida como autoridade acima de toda legislação humana. O "Assim diz o Senhor" não deve ser posto de lado por um "Assim diz a Igreja ou o Estado". A coroa de Cristo deve ser erguida acima de todos os diademas dos potentados terrestres. -- The Home Missionary, 1 de Novembro de 1893. EF 142 2 Satanás oferece aos homens os reinos do mundo se lhe concederem a supremacia. Muitos fazem isso e renunciam ao Céu. Antes morrer do que pecar; é melhor passar necessidade do que defraudar; melhor passar fome do que mentir. -- Testemunhos para a Igreja 4:495. ------------------------Capítulo 10 -- O pequeno tempo de angústia Um tempo de angústia antes que termine o tempo da graça EF 143 1 Na página 33 [de Primeiros Escritos] é dito o seguinte: "... Ao início do tempo de angústia fomos cheios do Espírito Santo ao sairmos para proclamar o sábado mais amplamente." EF 143 2 Esta visão foi dada em 1847, quando havia apenas poucos dentre os irmãos do advento observando o sábado, e desses somente uns poucos supunham que sua observância era de suficiente importância para constituir uma linha de separação entre o povo de Deus e os incrédulos. Agora o cumprimento desta visão está começando a ser visto. O "início do tempo de angústia" ali mencionado, não se refere ao tempo em que as pragas começarão a ser derramadas, mas a um breve período, pouco antes, enquanto Cristo está no santuário. Nesse tempo, enquanto a obra de salvação está se encerrando, tribulações virão sobre a Terra, e as nações ficarão iradas, embora contidas para não impedir a obra do terceiro anjo. -- Primeiros Escritos, 85-86. O fim da liberdade religiosa nos estados unidos EF 144 1 A lei de Deus, pela intervenção de Satanás, irá ser invalidada. Em nossa terra [Estados Unidos] de alardeada liberdade, a liberdade religiosa terá o seu fim. A luta será decidida no que toca ao assunto do sábado, e agitará o mundo inteiro. -- Evangelismo, 236. EF 144 2 Uma grande crise aguarda o povo de Deus. Muito em breve nossa nação procurará impor a todos a observância do primeiro dia da semana como dia sagrado. Ao fazer isto, eles não hesitarão em compelir os homens, contra a voz de sua própria consciência, a observarem o dia que a nação declara ser o sábado. -- Review and Herald Extra, 11 de Dezembro de 1888. EF 144 3 Os adventistas do sétimo dia travarão a batalha pelo sábado do sétimo dia. As autoridades nos Estados Unidos e em outros países se levantarão em seu orgulho e poder, e farão leis para restringir a liberdade religiosa. -- Manuscrito 78, 1897. EF 144 4 Os protestantes dos Estados Unidos, serão os primeiros a estender as mãos através da voragem para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência. -- O Grande Conflito, 588. A igreja e o estado se opõem ao povo de Deus EF 145 1 Todos quantos não se curvarem ao decreto dos concílios nacionais e obedecerem às leis nacionais para exaltar o sábado instituído pelo homem do pecado, para menosprezar o santo dia de Deus, sentirão, não somente o poder opressivo do papado, mas do mundo protestante, a imagem da besta. -- Mensagens Escolhidas 2:380. EF 145 2 As organizações religiosas que recusam ouvir as mensagens de advertência da parte de Deus estarão sob forte engano, e se unirão com o poder civil para perseguir os santos. As igrejas protestantes se unirão com o poder papal para perseguir o povo de Deus que guarda os mandamentos. ... EF 145 3 Esse poder semelhante a um cordeiro se une com o dragão para pelejar contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. -- Manuscript Releases 14:162. EF 145 4 A igreja apelará para o braço forte do poder civil, e nesta obra unir-se-ão romanistas e protestantes. -- O Grande Conflito, 607. Perante os tribunais EF 145 5 Os que viverem durante os últimos dias da história terrestre saberão o que significa ser perseguidos por causa da verdade. Nos tribunais prevalecerá a injustiça. Os juízes recusarão ouvir as razões dos que são leais aos mandamentos de Deus porque sabem que os argumentos em favor do quarto mandamento são irrefutáveis. Eles dirão: "Temos uma lei e, de conformidade com a nossa lei, ele deve morrer." A lei de Deus não é nada para eles. "Nossa lei" lhes é suprema. Os que respeitam essa lei humana serão favorecidos, mas não serão concedidos favores aos que não se submeterem ao falso sábado. -- The Signs of the Times, 26 de Maio de 1898. EF 146 1 Se formos levados aos tribunais, devemos abrir mão de nossos direitos, a menos que isso nos ponha em conflito com Deus. Não estamos pleiteando os nossos direitos, mas o direito de Deus ao nosso serviço. -- Manuscript Releases 5:69. Os adventistas serão tratados com desprezo EF 146 2 O mesmo espírito despótico que noutras eras tramou contra os fiéis há de tentar extirpar da face da Terra os que temem a Deus e obedecem à Sua lei. ... EF 146 3 A riqueza, o gênio e a educação hão de aliar-se a fim de cobri-los de ignomínia. Magistrados perseguidores, ministros e membros de igreja, hão de conspirar com eles. De viva voz e com a pena, com ameaça, escárnio e zombaria, hão de tentar derrotar a sua fé. -- Testemunhos Seletos 2:150. EF 146 4 Tempo virá em que, por defendermos a verdade bíblica, seremos considerados traidores. -- Testemunhos Seletos 3:45. EF 146 5 Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. Declarar-se-á que seus conscienciosos escrúpulos são teimosia, obstinação e desdém à autoridade. Serão acusados de deslealdade para com o governo. -- O Grande Conflito, 592. EF 147 1 Todo o que nesse dia mau se dispuser a servir a Deus com destemor, segundo os ditames de sua consciência, necessitará de coragem, firmeza e do conhecimento de Deus e Sua palavra; pois os que forem fiéis a Deus serão perseguidos, seus motivos impugnados, desvirtuados seus melhores esforços e seus nomes repudiados como um mal. -- Atos dos Apóstolos, 431. Perseguições de todo tipo EF 147 2 As perseguições dos protestantes pelo romanismo, por cujo intermédio a religião de Jesus Cristo quase foi aniquilada, serão mais que igualadas quando o protestantismo e o papado se unirem. -- Mensagens Escolhidas 3:387. EF 147 3 Satanás tem milhares de meios de agressão disfarçados, que serão usados contra o leal povo de Deus que guarda os mandamentos, para compeli-los a violentar a consciência. -- Carta 30a, 1892. EF 147 4 Não precisamos surpreender-nos com coisa alguma que ocorra agora. Não precisamos maravilhar-nos de nenhuma manifestação de horror. Os que espezinham a lei de Deus com pés profanos têm o mesmo espírito dos homens que insultaram e traíram a Jesus. Sem qualquer remorso, eles farão as obras de seu pai, o diabo. -- Mensagens Escolhidas 3:416. EF 148 1 Os que desejam avivar a memória e ser instruídos na verdade, precisam estudar a história da Igreja primitiva durante e imediatamente após o dia de Pentecostes. Estudai atentamente, no livro de Atos, as experiências de Paulo e dos outros apóstolos, pois o povo de Deus, em nosso tempo, terá de passar por experiências similares. -- Para Conhecê-lo, 118. Privados de todo apoio terreno EF 148 2 As riquezas acumuladas logo serão inúteis. Quando sair o decreto de que ninguém poderá comprar ou vender, senão aqueles que tiverem o sinal da besta, muitos recursos não terão utilidade alguma. Deus requer que façamos agora tudo que estiver ao nosso alcance para transmitir a advertência ao mundo. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1878. EF 148 3 Tempo virá em que de modo algum poderemos vender. Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta. -- Testemunhos Seletos 2:44. EF 148 4 Estivemos perto de ver isto realizar-se na Califórnia há pouco tempo atrás, mas foi apenas a ameaça do sopro dos quatro ventos. Até agora eles têm sido contidos pelos quatro anjos. Não estamos bem preparados. Ainda há uma obra a ser efetuada, e então os anjos receberão a ordem de soltá-los, para que os quatro ventos soprem sobre a Terra. -- Testemunhos para a Igreja 5:152. EF 148 5 Na última grande batalha do conflito com Satanás, os que são leais a Deus hão de ser privados de todo apoio terreno. Por se recusarem a violar-Lhe a lei em obediência a poderes terrestres, ser-lhes-á proibido comprar ou vender. -- O Desejado de Todas as Nações, 121-122. EF 149 1 Satanás diz: ... "Pelo temor de que lhes venha a faltar alimento e vestuário, eles se unirão com o mundo na transgressão da lei de Deus. A Terra estará inteiramente sob meu domínio." -- Profetas e Reis, 183-184. Alguns serão encarcerados por causa de sua fé EF 149 2 Alguns serão encarcerados por se recusarem a profanar o sábado do Senhor. -- Para Conhecê-lo, 118. EF 149 3 Como os defensores da verdade se recusem a honrar o descanso dominical, alguns deles serão lançados na prisão, exilados, e outros tratado como escravos. Para a sabedoria humana, tudo isto parece agora impossível: mas, ao ser retirado dos homens o Espírito de Deus, o qual tem o poder de reprimi-los, e ao ficarem eles sob o governo de Satanás, que odeia os preceitos divinos, hão de acontecer coisas estranhas. Quando o temor e o amor de Deus são removidos, o coração pode tornar-se muito cruel. -- O Grande Conflito, 608. EF 149 4 Se formos chamados a sofrer por amor de Cristo, seremos capazes de ir para a prisão confiando nEle como uma criancinha confia em seus pais. Agora é o tempo de cultivar fé em Deus. -- Nossa Alta Vocação, 355. Muitos serão condenados à morte EF 149 5 A melhor coisa para nós é entrar em íntima ligação com Deus, e, se Ele quiser que sejamos mártires por amor à verdade, isto poderá ser o meio de conduzir muitos outros à verdade. -- Mensagens Escolhidas 3:420. EF 150 1 Muitos serão encarcerados, muitos fugirão das cidades e vilas para salvar a vida, e muitos serão mártires por amor a Cristo, colocando-se em defesa da verdade. -- Mensagens Escolhidas 3:397. EF 150 2 Há perante nós a perspectiva de uma luta contínua, com risco de prisão, perda de propriedade, e da própria vida, para defender a lei de Deus. -- Testemunhos Seletos 2:319. EF 150 3 Requerer-se-á dos homens que rendam obediência a editos humanos em violação da lei divina. Os que forem fiéis a Deus serão ameaçados, denunciados, proscritos. Serão entregues "pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos" até mesmo à morte. -- Profetas e Reis, 588. EF 150 4 Não havemos de ter a coragem e a fortaleza dos mártires de outrora enquanto não chegarmos à posição em que eles se acharam. ... Caso deva haver uma volta da perseguição, será dada graça para despertar toda energia da alma para mostrar verdadeiro heroísmo. -- Nossa Alta Vocação, 123. EF 150 5 Os discípulos não foram revestidos da coragem e fortaleza dos mártires, senão quando essa graça se tornou necessária. -- O Desejado de Todas as Nações, 354. Como permanecer firme sob perseguições EF 150 6 Notaremos que precisamos desprender-nos de todas as mãos, exceto a mão de Jesus Cristo. Amigos mostrar-se-ão aleivosos, e nos trairão. Parentes, enganados pelo inimigo, julgarão prestar serviço a Deus opondo-se a nós e envidando o máximo esforço para colocar-nos em situações difíceis, esperando que neguemos a nossa fé. Em meio, porém, das trevas e do perigo, podemos depositar nossa mão na mão de Cristo. -- Maranata, 195. EF 151 1 A única maneira pela qual os homens poderão permanecer firmes no conflito é estar arraigados e firmados em Cristo. Eles precisam receber a verdade como é em Jesus. E somente quando é apresentada desta maneira pode a verdade suprir as necessidades da alma. A pregação de Cristo crucificado, Cristo justiça nossa, é o que sacia a fome da alma. Quando firmamos o interesse das pessoas nesta grande verdade central, fé, esperança e coragem advêm ao coração. -- The General Conference Bulletin, 28 de Janeiro de 1893. EF 151 2 Por causa de sua fé, muitos serão privados de um lar e herança neste mundo; mas, se entregarem o coração a Cristo, recebendo a mensagem de Sua graça e confiando no seu Substituto e Fiador, o Filho de Deus, ainda poderão encher-se de alegria. -- The Signs of the Times, 2 de Junho de 1898. A perseguição espalha o povo de Deus EF 151 3 Em vários lugares, ao ser incitada a hostilidade contra os que observam o sábado do Senhor, talvez se torne necessário que o povo de Deus se mude desses lugares para outros em que não sejam combatidos tão severamente. EF 151 4 Deus não requer que Seus filhos permaneçam onde, pela atitude de homens ímpios, sua influência perca o efeito e sua vida seja exposta ao perigo. Quando a liberdade e a vida correm perigo, não é meramente nosso privilégio, mas nosso claro dever ir a lugares em que as pessoas estejam dispostas a ouvir a Palavra da Vida e onde as oportunidades para pregar a Palavra sejam mais favoráveis. -- Manuscrito 26, 1904. EF 152 1 Logo chegará o tempo em que o povo de Deus, por causa da perseguição, será espalhado em muitos países. Os que receberam uma educação equilibrada sair-se-ão bem onde quer que estiverem. -- Manuscript Releases 5:280. A perseguição conduz a unidade entre o povo de Deus EF 152 2 Quando a tempestade da perseguição realmente desabar sobre nós, as verdadeiras ovelhas ouvirão a voz do verdadeiro Pastor. Abnegados esforços serão envidados para salvar os perdidos, e muitos que vaguearam longe do aprisco retornarão para seguir o grande Pastor. O povo de Deus se coligará e apresentará ao inimigo uma frente unida. Em vista do perigo comum, cessará a luta pela supremacia, e não haverá disputas sobre quem será considerado o maior. -- Testemunhos para a Igreja 6:401. A crise torna mais evidente a interferência de Deus EF 152 3 De vez em quando o Senhor tem manifestado Sua maneira de agir. Ele está atento ao que se passa na Terra. E quando tem havido uma crise, tem-Se revelado e interposto para impedir a realização dos planos de Satanás. Muitas vezes tem permitido que questões concernentes a nações, a famílias e a indivíduos cheguem a uma crise para que a Sua interferência se torne evidente. Então Ele tem deixado que se conheça o fato de que há um Deus em Israel que ampara e defende Seu povo. EF 153 1 Quando a oposição à lei de Jeová quase for universal, quando Seu povo for oprimido e afligido pelos semelhantes, Deus intervirá. As fervorosas orações de Seu povo serão atendidas, pois Ele gosta que Seu povo O busque de todo o coração e confie nEle como Libertador. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1897. EF 153 2 Durante algum tempo será permitido que os opressores triunfem sobre os que conhecem os santos mandamentos de Deus. ... Até o fim Deus permite que Satanás revele seu caráter como mentiroso, acusador e assassino. Assim o triunfo final do Seu povo tornar-se-á mais acentuado, mais glorioso, mais cabal e completo. -- Mensagens Escolhidas 3:414. A aflição purifica o povo de Deus EF 153 3 Logo há de haver perturbações por todo o mundo. Cumpre que cada qual procure conhecer a Deus. Não temos tempo para esperar. ... EF 153 4 O amor de Deus à Sua igreja é infinito. Incessante é Seu cuidado de Sua herança. Ele não permite que aflição humana alguma sobrevenha à igreja senão unicamente a que é necessária para sua purificação, seu bem presente e eterno. Purificará Sua igreja assim como purificou o templo no princípio e no fim de Seu ministério na Terra. Tudo que Ele traz sobre a igreja em forma de provações e aflições, fá-lo para que Seu povo adquira mais profunda piedade e mais força para levar a todas as partes do mundo as vitórias da cruz. -- Testemunhos Seletos 3:391-392. EF 154 1 Aflições, cruzes, tentações, adversidades e nossas várias provações, são os agentes divinos para nos purificar, santificar e preparar-nos para o celeiro celeste. -- Testemunhos Seletos 1:313. ------------------------Capítulo 11 -- Enganos satânicos nos últimos dias Sob o disfarce do cristianismo EF 155 1 Aproximamo-nos do fim da história terrestre, e Satanás está trabalhando como nunca antes. Ele está procurando atuar como dirigente do mundo cristão. Com uma intensidade que é incrível, está agindo com os seus enganosos prodígios. Satanás é representado andando em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar. Deseja envolver o mundo inteiro em sua confederação. Ocultando sua perversidade sob o disfarce do cristianismo, Ele assume os atributos de um cristão e alega ser o próprio Cristo. -- Manuscript Releases 8:346. EF 155 2 A Palavra de Deus declara que quando isso corresponder às intenções do inimigo, por meio de suas instrumentalidades ele manifestará tão grande poder, sob a aparência de cristianismo, que, "se possível fora, enganariam até os escolhidos". Mateus 24:24. -- Manuscrito 125, 1901. EF 155 3 Como os espíritos professarão fé na Escritura Sagrada, e demonstrarão respeito pelas instituições da igreja, sua obra será aceita como manifestação do poder divino. -- O Grande Conflito, 588. EF 156 1 O mais forte baluarte do vício em nosso mundo não é a vida iníqua do pecador declarado ou do degradado proscrito; é a vida que parece virtuosa, honrada e nobre, mas em que se alimenta um pecado ou se acaricia um vício. ... Gênio, talento, simpatia, mesmo ações generosas e benévolas, podem assim tornar-se engodos de Satanás para levar almas ao precipício da ruína. -- Educação, 150. Até mesmo na igreja adventista EF 156 2 Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso, sua influência ativa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores verdade demonstrado o maior entrave ao seu progresso! A incredulidade com que se contemporiza, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus, e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás. -- Mensagens Escolhidas 1:122. Espíritos de mentira contradizem as Escrituras EF 156 3 Os santos precisam alcançar completa compreensão da verdade presente, a qual serão obrigados a sustentar pelas Escrituras. Precisam compreender o estado dos mortos; pois os espíritos de demônios lhes aparecerão, pretendendo ser amigos e parentes amados, os quais lhes declararão que o sábado foi mudado, bem como outras doutrinas não escriturísticas. -- Primeiros Escritos, 87. EF 157 1 Os apóstolos, conforme personificam esses espíritos de mentira, são apresentados contradizendo o que escreveram, sob a inspiração do Espírito Santo, quando estavam na Terra. Negam a origem divina da Escritura Sagrada. -- O Grande Conflito, 557. EF 157 2 Mediante os dois grandes erros -- a imortalidade da alma e a santidade do domingo -- Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. -- O Grande Conflito, 588. EF 157 3 Levantar-se-ão pessoas pretendendo ser o próprio Cristo e reclamando o título e culto que pertencem ao Redentor do mundo. Efetuarão maravilhosos prodígios de cura, afirmando terem recebido do Céu revelações que contradizem o testemunho das Escrituras. ... EF 157 4 Mas o povo de Deus não será desencaminhado. Os ensinos deste falso cristo não estão de acordo com as Escrituras. Sua bênção é pronunciada sobre os adoradores da besta e de sua imagem, a mesma classe sobre a qual a Bíblia declara que a ira de Deus, sem mistura, será derramada. -- O Grande Conflito, 624-625. Falsos reavivamentos EF 158 1 Vi que Deus tem filhos honestos entre os adventistas nominais e as igrejas caídas, e antes que as pragas sejam derramadas, ministros e povo serão chamados a sair dessas igrejas e alegremente receberão a verdade. Satanás sabe disto, e antes que o alto clamor da terceira mensagem angélica seja ouvido, ele suscitará um despertamento nessas corporações religiosas, a fim de que os que rejeitaram a verdade pensem que Deus está com eles. -- Primeiros Escritos, 261. EF 158 2 Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. ... O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. ... EF 158 3 Há um excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza destes movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. -- O Grande Conflito, 464-465. A música torna-se um laço EF 159 1 As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana o Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes do fim do tempo da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. ... EF 159 2 Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. ... Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida. -- Mensagens Escolhidas 2:36-38. EF 159 3 Não demos lugar a essas estranhas tensões mentais, que afastam na verdade a mente das profundas atuações do Espírito Santo. A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. -- Mensagens Escolhidas 2:42. O falso falar em línguas EF 159 4 O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos, têm sido considerados dons postos na igreja por Deus. Alguns têm sido iludidos a esse respeito. Os frutos de tudo isto não têm sido bons. "Pelos seus frutos os conhecereis." O fanatismo e o ruído têm sido considerados indícios especiais de fé. Algumas pessoas não se satisfazem com uma reunião, a menos que experimentem momentos de poder e de gozo. Esforçam-se por isto, e chegam a uma confusão dos sentimentos. A influência dessas reuniões, porém, não é benéfica. Ao passar o auge do sentimento, essas pessoas imergem mais fundo que antes da reunião, pois sua satisfação não proveio da devida fonte. EF 160 1 As mais proveitosas reuniões para o bem espiritual, são as que se caracterizam pela solenidade e o profundo exame do coração, cada um procurando conhecer-se a si mesmo e, com sinceridade e profunda humildade, buscando aprender de Cristo. -- Testemunhos Seletos 1:161. Anjos maus aparecem como seres humanos EF 160 2 Satanás usará toda oportunidade para seduzir os homens e desviá-los de sua lealdade a Deus. Ele e os anjos que caíram com ele aparecerão na Terra como homens, procurando enganar. Anjos de Deus também aparecerão como homens, e usarão todos os meios ao seu alcance para frustrar os desígnios do inimigo. -- Manuscript Releases 8:399. EF 161 1 Anjos maus em forma humana falarão com os que conhecem a verdade. Eles interpretarão mal e desvirtuarão as declarações dos mensageiros de Deus. ... Os Adventistas do Sétimo Dia esqueceram a advertência dada no sexto capítulo de Efésios? Estamos empenhados numa peleja contra as hostes das trevas. A menos que sigamos nosso Dirigente bem de perto, Satanás obterá a vitória sobre nós. -- Mensagens Escolhidas 3:411. EF 161 2 Anjos maus, disfarçados como crentes, atuarão em nossas fileiras para introduzir um forte espírito de descrença. Não permitais que nem mesmo isso vos desanime, mas trazei um coração leal ao socorro do Senhor contra os poderes das agências satânicas. Esses poderes do mal se juntarão em nossas reuniões, não para receber uma bênção, mas para combater as influências do Espírito de Deus. -- Mente, Caráter e Personalidade 2:504-505. Personificação dos mortos EF 161 3 Não é difícil para os anjos maus representar tanto os santos como os pecadores que morreram, e tornar essas representações visíveis aos olhos humanos. Essas manifestações serão mais freqüentes e aparecerão desenvolvimentos de caráter mais sensacional à medida que nos aproximarmos do fim do tempo. -- Evangelismo, 604. EF 161 4 É o mais fascinante e bem-sucedido engano de Satanás -- com a intenção de atrair as simpatias daqueles que depositaram seus entes queridos na sepultura. Anjos maus vêm na forma desses entes queridos, relatam incidentes relacionados com sua vida e efetuam atos que eles realizaram enquanto viviam. Desse modo, levam as pessoas a crer que seus amigos falecidos são anjos que pairam sobre essas pessoas e se comunicam com elas. Esses anjos maus, que aparentam ser os amigos falecidos, são encarados com certa idolatria e, para muitos, suas palavras têm mais valor do que a Palavra de Deus. -- The Signs of the Times, 26 de Agosto de 1889. EF 161 5 Ele [Satanás] tem poder para fazer surgir perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa exatidão. ... Muitos serão defrontados por espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos, e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos de simpatia, efetuando prodígios para apoiarem suas pretensões. -- O Grande Conflito, 552-560. Satanás personifica a Cristo EF 162 1 O inimigo está-se preparando para enganar o mundo inteiro por seu poder operador de milagres. Ele pretenderá personificar os anjos de luz, personificar a Jesus Cristo. -- Mensagens Escolhidas 2:96. EF 162 2 Se os homens são tão facilmente transviados agora, como subsistirão eles quando Satanás personificar a Cristo, e operar milagres? Quem ficará inabalado então por suas deturpações -- professar ser Cristo quando é apenas Satanás assumindo a pessoa de Cristo, e operando aparentemente as obras do próprio Cristo? -- Mensagens Escolhidas 2:394. EF 162 3 Satanás sairá a campo e personificará a Cristo. Representará mal, usará mal e perverterá tudo ao seu alcance. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 411. EF 162 4 Um poder de baixo está operando a fim de promover as últimas grandes cenas do drama: Satanás vindo como Cristo, e operando com todo o engano da injustiça nos que se ligam em sociedades secretas. -- Serviço Cristão, 50. Satanás se assemelha a Cristo em todos os sentidos EF 163 1 Há, porém, um limite do qual Satanás não pode ir; e aí ele chama em seu auxílio o engano, e falsifica a obra que não tem realmente o poder de efetuar. Nos últimos dias ele se apresentará de tal maneira que faça os homens crerem que ele é Cristo vindo pela segunda vez ao mundo. Ele se transformará na verdade em anjo de luz. Mas ao passo que ostentará em todos os sentidos a aparência de Cristo, até aonde possa chegar a simples aparência, isto não enganará a ninguém senão aos que, como Faraó, estão procurando resistir à verdade. -- Testemunhos Seletos 1:122-123. EF 163 2 Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem há muito tempo professado considerar o advento do Salvador como a realização de suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse. Apocalipse 1:13-15. A glória que o cerca não é excedida por coisa alguma que os olhos mortais já tenham contemplado. Ressoa nos ares a aclamação de triunfo: "Cristo veio! Cristo veio!" EF 163 3 O povo se prostra em adoração diante dele, enquanto este ergue as mãos e sobre eles pronuncia uma bênção, assim como Cristo abençoava Seus discípulos quando aqui na Terra esteve. Sua voz é meiga e branda, cheia de melodia. Em tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; cura as moléstias do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. -- O Grande Conflito, 624. Satanás dá a impressão de que responde às orações dos santos EF 164 1 Satanás percebe que está prestes a perder a sua causa. Não pode iludir o mundo inteiro. Ele faz um último e desesperado esforço para vencer os fiéis pelo engano. Efetua isso personificando a Cristo. Cobre-se com as vestes da realeza que foram acuradamente descritas na visão de João. Tem poder para fazer isso. Aparecerá a seus seguidores iludidos, o mundo cristão que não recebeu o amor da verdade, antes teve prazer na iniqüidade (transgressão da lei), como Cristo vindo pela segunda vez. EF 164 2 Ele se proclama o Cristo, e é aceito como tal, um ser imponente e belo, revestido de majestade, com voz suave, palavras agradáveis e uma glória não superada por coisa alguma que olhos humanos já contemplaram. Então os seus enganados e iludidos seguidores soltam uma exclamação de vitória: "Cristo veio pela segunda vez! Cristo veio! Ele levantou as mãos assim como fazia quando esteve na Terra, e nos abençoou." ... EF 164 3 Os santos observam o que se passa com estupefação. Eles também serão enganados? Adorarão a Satanás? Há anjos de Deus ao seu redor. É ouvida uma voz clara, firme, musical, dizendo: "Olhai para cima!" EF 164 4 Aqueles que oravam tinham um só objetivo: a salvação final e eterna de sua alma. Esse objetivo estava constantemente diante deles -- a vida imortal prometida aos que perseveram até o fim. Oh! quão sinceros e fervorosos tinham sido os seus anseios! O juízo e a eternidade estavam à vista. Pela fé, os seus olhos estavam cravados no trono resplandecente, perante o qual terão de comparecer as pessoas vestidas de branco. Isto os impedia de condescenderem com o pecado. ... EF 165 1 Mais uma tentativa, e então será usado o último ardil de Satanás. Ele ouve o incessante clamor de que Cristo venha, de que Cristo os liberte. Essa última estratégia é personificar a Cristo e fazer com que eles pensem que suas orações estão sendo atendidas. -- Manuscrito 16, 1884. Como a falsificação difere do que é genuíno EF 165 2 Não será permitido a Satanás imitar a maneira do advento de Cristo. -- O Grande Conflito, 625. EF 165 3 Satanás... se apresentará personificando a Jesus Cristo e realizando poderosos milagres; e os homens se prostrarão e o adoração como Jesus Cristo. Ser-nos-á ordenado adorar este ser, a quem o mundo glorificará como Cristo. Que havemos de fazer? Dizer-lhes que Cristo nos acautelou contra semelhante adversário, o qual é o pior inimigo do homem, mas afirma ser Deus, e que quando se der o aparecimento de Cristo, isto será com poder e grande glória, acompanhado por miríades e miríades de anjos, e que quando Ele vier Lhe reconheceremos a voz. -- The S.D.A. Bible Commentary 6:1106. EF 166 1 Satanás está procurando conseguir toda a vantagem. ... Disfarçado de anjo de luz, percorrerá a Terra como taumaturgo. Com bela linguagem apresentará sentimentos sublimes. Falará boas palavras e realizará bons atos. Personificará a Cristo, mas num ponto haverá notável diferença. Satanás apartará as pessoas da lei de Deus. Não obstante, imitará tão bem a justiça que, se fosse possível, enganaria os próprios eleitos. Cabeças coroadas, presidentes, governantes em altos postos curvar-se-ão ante suas falsas teorias. -- Fundamentos da Educação Cristã, 471-472. Serão realizados milagres EF 166 2 Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? -- Testemunhos Seletos 1:302. EF 166 3 Homens, sob a influência de espíritos maus operarão milagres. Eles farão as pessoas ficar doentes mediante lançarem sobre elas encantamentos, removendo-os depois de repente, levando outros a dizerem que a pessoa doente foi miraculosamente curada. Isto Satanás tem repetidamente feito. -- Mensagens Escolhidas 2:53. EF 166 4 Cenas assombrosas, com as quais Satanás está intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas obras de cura aparente levarão os adventistas do sétimo dia à prova. -- Mensagens Escolhidas 2:53. EF 167 1 Satanás pode, por meio de uma variedade de enganos, efetuar prodígios que parecerão genuínos milagres. Ele esperou fazer disto um elemento de prova para os israelitas ao tempo de seu livramento do Egito. -- Mensagens Escolhidas 2:52. Fogo do céu EF 167 2 Precisamos não confiar nas pretensões dos homens. Eles podem, como Cristo descreve, professar que operam milagres curando doentes. É isso maravilhoso, quando está por trás deles o grande enganador, o operador de milagres que até fogo fará descer do céu à vista dos homens? -- Mensagens Escolhidas 2:49. EF 167 3 São os prodígios de mentira do diabo que levarão o mundo cativo, e ele fará descer fogo do céu à vista dos homens. Ele operará milagres; esse maravilhoso poder enganador de milagres abrangerá todo o mundo. -- Mensagens Escolhidas 2:51. EF 167 4 Satanás virá para enganar, se possível, os próprios escolhidos. Ele alega ser Cristo, e se apresenta, pretendendo ser o grande médico-missionário. Ele fará com que desça fogo à vista dos homens, para provar que é Deus. -- Medicina e Salvação, 87-88. EF 167 5 É declarado na Palavra que o inimigo operará por meio de seus agentes que se apartaram da fé, e estes semelhantemente hão de operar milagres, até fazendo fogo cair do céu à vista dos homens. -- Mensagens Escolhidas 2:54. EF 168 1 "Faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à Terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que foi permitido que fizesse." Apocalipse 13:13-14. Não se acham aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os agentes de Satanás têm poder para fazer, e não pelo que pretendem realizar. -- O Grande Conflito, 553. Satanás será deificado EF 168 2 Nessa época aparecerá o anticristo, como o Cristo verdadeiro, e então a lei de Deus será anulada completamente entre as nações do mundo. Sazonará a rebelião contra a santa lei de Deus. Mas o verdadeiro chefe de toda essa rebelião é Satanás disfarçado em anjo de luz. Os homens serão iludidos e o exaltarão ao lugar de Deus, deificando-o. Mas a Onipotência intervirá, e às igrejas apostatadas que se unirem na exaltação de Satanás, se expedirá a sentença: "Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga." Apocalipse 18:8. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 62. EF 168 3 À medida que se aproxima o segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, instrumentalidades satânicas são impelidas por um poder de baixo. Satanás não somente aparecerá como ser humano, mas personificará a Jesus Cristo, e o mundo que tem rejeitado a verdade o receberá como Senhor dos senhores e Rei dos reis. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1105-1106. Milagres não provam coisa alguma EF 169 1 Ide a Deus por vós mesmos; orai pedindo iluminação divina, para que possais saber que conheceis o que é verdade, de modo que quando se manifestar o maravilhoso poder que realiza prodígios, e o inimigo se apresentar como anjo de luz, possais distinguir entre a genuína obra de Deus e a imitação dos poderes das trevas. -- Mensagens Escolhidas 3:389. EF 169 2 A maneira por que Cristo trabalhava era pregar a Palavra, e aliviar o sofrimento por obras miraculosas de cura. Estou, porém, instruída de que não podemos agora trabalhar dessa maneira, pois Satanás exercerá seu poder pela operação de milagres. Os servos de Deus hoje não poderiam trabalhar mediante milagres, pois espúrias obras de cura, pretendendo ser divinas, serão operadas. -- Mensagens Escolhidas 2:54. EF 169 3 O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres; pois Satanás imitará os milagres que forem operados. -- Testemunhos Seletos 3:284. Milagres não podem tomar o lugar da Bíblia EF 169 4 Se aqueles por quem são realizadas curas, acham-se dispostos, por causa dessas manifestações, a desculpar sua negligência da lei de Deus, e continuam em desobediência, ainda que possuam poder em qualquer e toda extensão, não se segue que possuam o grande poder de Deus. Ao contrário, é o poder operador de milagres do grande enganador. -- Mensagens Escolhidas 2:50-51. EF 170 1 A Bíblia nunca será suplantada por manifestações miraculosas. A verdade precisa ser estudada, precisa ser pesquisada como tesouros escondidos. Não serão dadas maravilhosas iluminações à parte da Palavra, ou para tomar o lugar dela. Apegai-vos à Palavra, recebei o enxerto da Palavra, que torna os homens sábios para salvação. -- Mensagens Escolhidas 2:48. EF 170 2 O último grande engano deve logo patentear-se diante de nós. O anticristo vai operar suas obras maravilhosas à nossa vista. Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro, que será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas. Pelo testemunho destas toda declaração e todo prodígio deverão ser provados. -- O Grande Conflito, 593. O engano é quase universal EF 170 3 Há necessidade agora de homens e mulheres que trabalhem com diligência, buscando a salvação de almas, pois Satanás, como poderoso general, tomou o campo, e neste último tempo que resta ele está trabalhando por todos os métodos concebíveis para fechar a porta à luz que Deus quer que chegue a Seu povo. Ele está arrastando todo o mundo para suas fileiras, e os poucos que são fiéis aos requisitos de Deus constituem os únicos capazes de resistir-lhe, e ele está procurando vencer até mesmo a estes. -- Mensagens Escolhidas 3:389. EF 171 1 As formas dos mortos aparecerão através de sutis enganos de Satanás, e muitos se unirão com aquele que ama e profere mentiras. Advirto nosso povo de que bem em nosso meio alguns se volverão da fé e darão ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios, e por esses a verdade será difamada. EF 171 2 Uma obra maravilhosa deve ser feita. Ministros, advogados, doutores que permitiram que tais falsidades dominassem seu espírito de discernimento serão eles próprios enganadores, unidos com os enganados. Uma embriaguez espiritual tomará posse deles. -- Olhando Para O Alto, 311. ------------------------Capítulo 12 -- A sacudidura Ser membro da igreja não é garantia de salvação EF 172 1 É uma solene declaração que faço à igreja, de que nem um entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros da igreja, está preparado para finalizar sua história terrestre, e achar-se-ia tão verdadeiramente sem Deus e sem esperança no mundo, como o pecador comum. -- Serviço Cristão, 40-41. EF 172 2 Os que tiveram oportunidades para ouvir e aceitar a verdade, e se uniram à Igreja Adventista do Sétimo Dia, considerando-se o povo de Deus que guarda os mandamentos, mas não possuem mais vitalidade e consagração a Deus do que as igrejas nominais, serão atingidos pelas pragas de Deus tão verdadeiramente como as igrejas que se opõem a Sua lei. -- Manuscript Releases 19:176. A palha é separada do trigo EF 172 3 Introduzir-se-ão divisões na igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos para a ceifa. -- Mensagens Escolhidas 2:114. EF 173 1 Haverá uma sacudidura da peneira. No devido tempo, a palha precisa ser separada do trigo. Por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos está esfriando. Este é precisamente o tempo em que o genuíno será o mais forte. -- Carta 46, 1887. EF 173 2 A história da rebelião de Datã e Abirão está-se repetindo e continuará a repetir-se até o fim do tempo. Quem estará ao lado do Senhor? Quem será enganado, tornando-se também, por sua vez, um enganador? -- Carta 15, 1892. EF 173 3 O Senhor virá em breve. Em toda igreja deve haver um processo tendente a aprimorar e joeirar, pois entre nós há homens perversos, que não amam a verdade nem honram a Deus. -- The Review and Herald, 19 de Março de 1895. EF 173 4 Estamos no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida, sacudir-se-á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não obedecem a Seus mandamentos por palavra e ação. -- Testemunhos Seletos 2:547-548. A perseguição purifica a igreja EF 173 5 A prosperidade multiplica a massa dos que professam. A adversidade expurga-os da Igreja. -- Testemunhos Seletos 1:479. EF 173 6 Não vai longe o tempo em que a prova sobrevirá a toda alma. A marca da besta nos será recomendada com insistência. Os que, passo a passo, cederam às exigências do mundo e se sujeitaram a costumes mundanos não acharão difícil submeter-se aos poderes dominantes, de preferência a expor-se a escárnios, insultos, ameaças de prisão e morte. O conflito é entre os mandamentos de Deus e os mandamentos de homens. Nesse tempo o ouro será separado da escória na igreja. -- Testemunhos para a Igreja 5:81. EF 174 1 Na ausência da perseguição, têm entrado para nossas fileiras homens que parecem sãos, de inquestionável cristianismo, mas que, caso surgisse a perseguição, sairiam de nós. -- Evangelismo, 360. EF 174 2 Quando a lei de Deus for anulada, Sua igreja será peneirada por provas terríveis, e uma proporção maior do que agora podemos prever, dará ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios. -- Mensagens Escolhidas 2:368. Crentes superficiais renunciarão à fé EF 174 3 O trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade terá de realizar em terrível crise, sob as circunstâncias mais desanimadoras, proibitivas. As advertências que a conformidade com o mundo tem silenciado ou retido, precisam ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da fé. E por aquele tempo a classe dos superficiais, conservadores, cuja influência tem retardado decididamente o progresso da obra, renunciará à fé. -- Testemunhos Seletos 2:164. EF 174 4 Se Satanás vê que Deus está abençoando Seu povo e preparando-os para discernir-lhe os enganos, trabalha com sua magistral capacidade para introduzir fanatismo de um lado e frio formalismo de outro, para que ele possa ceifar uma colheita de almas. -- Mensagens Escolhidas 2:19. EF 175 1 Os que tiveram privilégios e oportunidades para tornar-se versados na verdade, mas continuam a opor-se à obra que Deus quer que seja realizada, serão expurgados, pois o Senhor não aceita o serviço daqueles cujo interesse é dividido. -- Manuscrito 64, 1898. EF 175 2 Quando as aflições se intensificarem ao nosso redor, ver-se-á separação e também unidade em nossas fileiras. Alguns que agora estão dispostos a empunhar as armas da peleja, em ocasiões de verdadeiro perigo tornarão manifesto que não edificaram sobre a sólida rocha; eles cederão à tentação. Os que tiveram grande luz e preciosos privilégios, mas não os aproveitaram, sob um pretexto ou outro hão de retirar-se de nós. -- Testemunhos para a Igreja 6:400. O testemunho positivo produz uma sacudidura EF 175 3 Perguntei qual o sentido da sacudidura que eu acabava de presenciar e foi-me mostrado que fora causada pelo positivo testemunho motivado pelo conselho da Testemunha fiel, aos laodiceanos. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o coração do que o recebe, levando-a a exaltar a norma e declarar a positiva verdade. Alguns não suportarão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará uma sacudidura entre os filhos de Deus. -- Testemunhos Seletos 1:60. EF 175 4 Entre nós, há os que, como Acã, farão confissões quando for demasiado tarde para se salvarem. ... Eles não estão em harmonia com o que é correto. Desprezam o testemunho positivo que atinge o coração, e gostariam que fossem silenciados todos os que fazem repreensões. -- Testemunhos para a Igreja 3:272. EF 176 1 O Senhor pede o renovamento do positivo testemunho apresentado em anos passados. Ele pede uma reforma da vida espiritual. As energias espirituais do Seu povo têm por muito tempo estado entorpecidas, mas há de haver um ressurgimento da morte aparente. Pela oração e confissão do pecado, precisamos preparar o caminho do Rei. -- Testemunhos Seletos 3:274-275. Críticas injustas causam perda de almas EF 176 2 Mesmo em nossos dias, tem havido e continuará a haver famílias inteiras que uma vez se regozijaram na verdade e que perderão a fé devido às calúnias e falsidades que lhes foram apresentadas com relação àqueles a quem amavam e com os quais tiveram agradável conselho. Abriram o coração à semeadura do joio; o joio brotou entre o trigo. Eles o fortaleceram; a seara do trigo tornou-se cada vez menor; e a preciosa verdade para eles perdeu o seu poder. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 411. Falsas doutrinas afastam alguns EF 176 3 A chamada Ciência e a religião achar-se-ão em campos antagônicos, porque os homens finitos não compreendem o poder e a grandeza de Deus. Estas palavras da Escritura Sagrada foram-me apresentadas: "Dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." Atos 20:30. Isso se verá certamente entre o povo de Deus. -- Evangelismo, 593. EF 177 1 Ao vir a sacudidura, pela introdução de falsas teorias, esses leitores superficiais não ancorados em parte alguma, são como a areia movediça. Escorregam para qualquer posição para agradar a tendência de seus sentimentos de amargura. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 112. EF 177 2 Não tendo recebido o amor da verdade, eles serão induzidos aos enganos do inimigo; darão ouvidos a espíritos enganadores e a ensinos de demônios e se afastarão da fé. -- Testemunhos para a Igreja 6:401. EF 177 3 O inimigo introduzirá doutrinas falsas, tais como a de que não existe um santuário. Este é um dos pontos em que alguns se apartarão da fé. -- Evangelismo, 224. A rejeição dos testemunhos resulta em apostasia EF 177 4 Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus. -- Mensagens Escolhidas 3:84. EF 177 5 O último engano de Satanás será tornar sem efeito o testemunho do Espírito de Deus. "Não havendo profecia, o povo se corrompe" [no inglês, "o povo perece"]. Provérbios 29:18. Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no verdadeiro testemunho. -- Mensagens Escolhidas 1:48. EF 178 1 O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso próprio povo nos Testemunhos. ... Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie. -- Mensagens Escolhidas 3:83. EF 178 2 O plano de Satanás é enfraquecer a fé do povo de Deus nos Testemunhos. Em seguida vem o ceticismo no tocante aos pontos vitais de nossa fé, as colunas de nossa posição, depois as dúvidas acerca das Escrituras Sagradas, e então a caminhada descendente para a perdição. Quando os Testemunhos, nos quais se acreditava anteriormente, são postos em dúvida e rejeitados, Satanás sabe que as pessoas enganadas não pararão aí; e ele redobra os seus esforços até lançá-las em rebelião aberta, que se torne irremediável e termine em destruição. -- Testemunhos para a Igreja 4:211. Deserções entre dirigentes de igreja EF 178 3 Muitas estrelas que temos admirado por seu brilho tornar-se-ão trevas. -- Profetas e Reis, 188. EF 178 4 Nas cenas finais da história terrestre, homens a quem Ele honrou grandemente seguirão o exemplo do antigo Israel. ... O afastamento dos grandes princípios que Cristo estabeleceu em Seus ensinos, a elaboração de projetos humanos, usando as Escrituras para justificar a errônea maneira de proceder sob a perversa influência de Lúcifer, confirmarão os homens no engano, e a verdade de que necessitam para serem livrados de práticas incorretas se escoa da alma como água de um recipiente que vaza. -- Manuscript Releases 13:379-381. EF 179 1 Muitos demonstrarão que não são um com Cristo, que não estão mortos para o mundo, para que possam viver com Ele; e as apostasias de homens que ocuparam posições de responsabilidade serão freqüentes. -- The Review and Herald, 11 de Setembro de 1888. Pastores não santificados serão eliminados EF 179 2 A grande questão que está tão próxima [o cumprimento da lei dominical] eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia. -- Mensagens Escolhidas 3:385. EF 179 3 Muitos se levantarão em nossos púlpitos tendo nas mãos a tocha da falsa profecia, acesa na infernal tocha de Satanás. ... EF 179 4 Dentre nós sairão alguns que não mais levarão a arca. Mas estes não podem fazer muralhas para obstruir a verdade, pois esta prosseguirá avante e para cima até ao fim. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 409-411. EF 179 5 Pastores e médicos poderão apartar-se da fé, como a Palavra e as mensagens que Deus tem dado a Sua serva declaram que o farão. -- Manuscript Releases 7:192. A igreja talvez pareça estar prestes a cair EF 180 1 O peneiramento de Deus sacode fora multidões, como folhas secas. -- Testemunhos Seletos 1:479. EF 180 2 A palha, como nuvem, será levada pelo vento, mesmo de lugares onde só vemos ricos campos de trigo. -- Serviço Cristão, 49. EF 180 3 Logo o povo de Deus será provado por ardentes provas, e a grande proporção dos que agora permanecem genuínos e verdadeiros, demonstrar-se-á metal vil. ... EF 180 4 Quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua lei mais desprezada for, então deve nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo e firmeza mais inabaláveis. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões -- essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição. -- Testemunhos Seletos 2:31. EF 180 5 A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá. Ela permanece, ao passo que os pecadores de Sião serão lançados fora na sacudidura -- a palha separada do trigo precioso. É esse um transe terrível, não obstante importa que tenha lugar. -- Mensagens Escolhidas 2:380. EF 180 6 Ao aproximar-se a tempestade, uma classe numerosa que tem professado fé na mensagem do terceiro anjo, mas não tem sido santificada pela obediência à verdade, abandona sua posição, passando para as fileiras do adversário. -- O Grande Conflito, 608. Os fiéis de Deus serão revelados EF 181 1 O Senhor tem servos fiéis, que se hão de revelar no tempo de sacudidura e prova. Há elementos preciosos, hoje ocultos, que não prostraram o joelho a Baal. Não tiveram a luz que tem estado a brilhar sobre vós, em chama concentrada. Mas pode sob um rude e não convidativo exterior revelar-se o puro brilho de um genuíno caráter cristão. Durante o dia olhamos para o céu mas não vemos estrelas. Ali se acham, fixas no firmamento, mas os olhos não as distinguem. À noite lhes contemplamos o genuíno brilho. -- Serviço Cristão, 49. EF 181 2 Em todas as ocasiões em que há perseguição, as testemunhas tomam decisões a favor de Cristo ou contra Ele. Os que manifestam simpatia pelos homens condenados injustamente, e que não são cruéis para com eles, demonstram seu apego a Cristo. -- The Signs of the Times, 20 de Fevereiro de 1901. EF 181 3 Levante-se a oposição, de novo exerçam o domínio o fanatismo e a intolerância, acenda-se a perseguição, e os insinceros e hipócritas vacilarão, renunciando a fé; mas o verdadeiro crente permanecerá firme como uma rocha, tornando-se mais forte a sua fé, sua esperança mais viva do que nos dias da prosperidade. -- O Grande Conflito, 602. Novos conversos ocuparão os lugares dos que se retiram EF 182 1 Alguns tinham sido arrojados fora do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam com os que prezavam suficientemente a vitória e a salvação, para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as alcançaram e foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que aceitavam a verdade e a ela se filiavam. -- Primeiros Escritos, 271. EF 182 2 Os lugares vagos nas fileiras serão preenchidos pelos que foram representados por Cristo como tendo chegado na hora undécima. Há muitos com quem o Espírito de Deus está lutando. O tempo dos juízos destruidores da parte de Deus é o tempo de misericórdia para aqueles que [agora] não têm oportunidade de aprender o que é a verdade. O Senhor olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece, e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar, enquanto a porta é fechada para os que não querem entrar. Será admitido um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez. -- Carta 103, 1903. EF 182 3 Estandarte após estandarte era arrastado no chão, à medida que grupo após grupo do exército do Senhor se juntava ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do adversário se unia ao povo de Deus que guarda os mandamentos. -- Testemunhos Seletos 3:224. ------------------------Capítulo 13 -- A chuva serôdia A obra do Espírito Santo é comparada à chuva EF 183 1 "E fará descer a chuva, a temporã e a serôdia." No Oriente a chuva temporã cai no tempo da semeadura. Ela é necessária, para que a semente possa germinar. Sob a influência de fertilizantes aguaceiros, brota o tenro rebento. Caindo perto do fim da estação, a chuva serôdia amadurece o grão, e o prepara para a foice. O Senhor emprega essas operações da Natureza para representar a obra do Espírito Santo. Ver Zacarias 10:1; Oseias 6:3; Joel 2:23-28. EF 183 2 Como o orvalho e a chuva são dados primeiro para fazer com que a semente germine, e então para amadurecer a colheita, assim é dado o Espírito Santo para levar avante, de um estágio para outro, o processo de crescimento espiritual. O amadurecimento do grão representa a terminação do trabalho da graça de Deus na alma. Pelo poder do Espírito Santo deve a imagem moral de Deus ser aperfeiçoada no caráter. Devemos ser completamente transformados à semelhança de Cristo. EF 183 3 A chuva serôdia, amadurecendo a seara da Terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do homem. Mas a menos que a chuva temporã haja caído, não haverá vida; a ramagem verde não brotará. Se a chuva temporã não fizer seu trabalho, a serôdia não desenvolverá a semente até a perfeição. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 506. A chuva temporã veio em 31 d.c., no Pentecostes EF 184 1 Em obediência à ordem de Cristo, esperaram em Jerusalém o cumprimento da promessa do Pai -- o derramamento do Espírito. Não esperaram ociosos. Diz o registro que "estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus". -- Nos Lugares Celestiais, 24.53. ... EF 184 2 Ao esperarem os discípulos pelo cumprimento da promessa, humilharam o coração em verdadeiro arrependimento e confessaram sua incredulidade. ... Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo. Pondo de parte todas as divergências, todo o desejo de supremacia, uniram-se em íntima comunhão cristã. -- Atos dos Apóstolos, 35-37. EF 184 3 Só depois de haverem os discípulos entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado. -- Testemunhos Seletos 3:211. EF 184 4 O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi o começo da primeira chuva, ou temporã, e glorioso foi o resultado. Até ao fim do tempo, a presença do Espírito deve ser encontrada com a verdadeira igreja. -- Atos dos Apóstolos, 54-55. Conseqüências da chuva temporã no Pentecostes EF 185 1 Sob a influência do Espírito, palavras de penitência e confissão misturavam-se com cânticos de louvor por pecados perdoados. ... Milhares se converteram num dia. ... EF 185 2 O Espírito Santo... os capacitava a falar com fluência línguas com as quais não tinham nunca tomado contato. ... O Espírito Santo fez por eles o que não teriam podido fazer por si mesmos em toda uma existência. -- Atos dos Apóstolos, 38-40. EF 185 3 Seus corações estavam sobrecarregados com benevolência tão ampla, tão profunda, de tão vasto alcance que foram impelidos a ir aos confins da Terra, testificando do poder de Cristo. -- Atos dos Apóstolos, 46. EF 185 4 Qual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia do Pentecostes? As boas novas de um Salvador ressuscitado foram levadas até às mais longínquas partes do mundo habitado. ... A igreja viu conversos vindo para ela de todas as direções. Extraviados converteram-se de novo. ... A ambição dos crentes era revelar a semelhança do caráter de Cristo, bem como trabalhar pelo desenvolvimento de Seu reino. -- Atos dos Apóstolos, 48. A promessa da chuva serôdia EF 185 5 O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a "chuva temporã", e glorioso foi o resultado. A chuva serôdia será mais abundante, porém. -- Testemunhos Seletos 3:211. EF 186 1 Ao avizinhar-se o fim da ceifa da Terra, uma especial concessão de graça espiritual é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do Filho do homem. Esse derramamento do Espírito é comparado com a queda da chuva serôdia. -- Atos dos Apóstolos, 55. EF 186 2 Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. -- O Grande Conflito, 464. EF 186 3 Esta obra será semelhante à do dia de Pentecostes. Assim como a "chuva temporã" foi dada, no derramamento do Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente, a "chuva serôdia" será dada em seu final para o amadurecimento da seara. -- O Grande Conflito, 611. A chuva serôdia produzirá o alto clamor EF 186 4 Nesse tempo a "chuva serôdia", ou o refrigério pela presença do Senhor, virá, para dar poder à grande voz do terceiro anjo e preparar os santos para estarem de pé no período em que as sete últimas pragas serão derramadas. -- Primeiros Escritos, 86. EF 186 5 Ouvi os que estavam revestidos da armadura falar sobre a verdade com grande poder. Isto produzia efeito. ... Perguntei o que havia operado esta grande mudança. Um anjo respondeu: "Foi a chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo." -- Primeiros Escritos, 271. A chuva temporã produz conversão; a chuva serôdia desenvolve um caráter semelhante ao de Cristo EF 187 1 Em nenhum ponto de nossa experiência podemos nós dispensar a assistência daquilo que nos habilita a fazer justamente o começo. As bênçãos recebidas sob a chuva temporã, são-nos necessárias até ao fim. ... Ao irmos ao Senhor em busca do Espírito Santo, Este operará em nós mansidão e humildade, bem como consciente confiança de que Deus nos concederá a aperfeiçoadora chuva serôdia. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 507-509. EF 187 2 O Espírito Santo procura habitar em cada alma. Caso seja Ele bem-vindo como hóspede honrado, os que O receberem se tornarão completos em Cristo. A boa obra começada será terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes aos de Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos obstinados. -- Conselhos sobre Saúde, 561. EF 187 3 Podemos ter tido uma medida do Espírito de Deus, mas tanto pela oração como pela fé devemos buscar continuamente mais do Espírito. Nunca dá resultado cessarmos os nossos esforços. Se não progredirmos, se não nos colocarmos na atitude em que tanto possamos receber a chuva temporã como a serôdia, perderemos nossa alma e a responsabilidade jazerá à nossa porta. ... EF 188 1 As convocações da igreja, como nas reuniões campais, as assembléias da igreja local, e todas as ocasiões em que há trabalho pessoal em favor das almas, são oportunidades determinadas por Deus para dar tanto a chuva temporã como a serôdia. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 508. EF 188 2 Quando o caminho estiver preparado para o Espírito de Deus, a bênção virá. Satanás não pode impedir uma chuva de bênção de cair sobre o povo de Deus, mais do que fechar as janelas do Céu para que a chuva não caia sobre a Terra. -- Mensagens Escolhidas 1:124. Devemos orar fervorosamente pela descida do Espírito Santo EF 188 3 Devemos orar tão fervorosamente pela descida do Espírito Santo como os discípulos oraram no dia de Pentecostes. Se eles precisaram disso naquele tempo, nós, hoje, mais ainda. -- Testemunhos para a Igreja 5:158. EF 188 4 A descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Buscai-a, orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la. -- Evangelismo, 701. EF 188 5 A medida do Espírito Santo que recebermos será proporcional à intensidade de nosso desejo, à fé exercida neste sentido e ao uso que fizermos da luz e do conhecimento que nos forem concedidos. -- The Review and Herald, 5 de Maio de 1896. EF 188 6 Não estamos suficientemente dispostos a importunar o Senhor com nossas petições, e a suplicar-Lhe o dom do Espírito Santo. O Senhor quer que O importunemos a esse respeito. Deseja que apresentemos com insistência nossas petições ao trono. -- Fundamentos da Educação Cristã, 537. Precisamos humilhar o coração em verdadeiro arrependimento EF 189 1 Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração. -- Mensagens Escolhidas 1:121. EF 189 2 Digo-vos que deve haver entre nós um reavivamento completo. Tem de haver um ministério convertido. Precisa haver confissões, arrependimento e conversões. Muitos que estão pregando a Palavra necessitam da graça transformadora de Cristo no coração. Não devem permitir que coisa alguma os impeça de fazerem uma obra cabal e esmerada antes que seja para sempre demasiado tarde. -- Carta 51, 1886. A reforma deve acompanhar o reavivamento EF 189 3 Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovamento da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas idéias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se. -- Mensagens Escolhidas 1:128. Temos de deixar de lado toda contenda e dissensão EF 190 1 Quando os obreiros tiverem a presença permanente de Cristo em sua alma, quando estiver morto todo o egoísmo, quando não houver nenhuma rivalidade, nenhuma contenda pela supremacia, quando existir unidade, quando eles se santificarem, de maneira que o amor de uns pelos outros seja visto e sentido, então os chuveiros da graça do Espírito Santo hão de vir tão seguramente sobre eles como é certo que a promessa de Deus não faltará nem um jota ou um til. Mas quando a obra de outros é diminuída para que os obreiros mostrem a própria superioridade, eles demonstram que sua obra não apresenta a assinatura que devia. Deus não os pode abençoar. -- Mensagens Escolhidas 1:175. EF 190 2 Para subsistirmos no grande dia do Senhor, com Cristo como nosso refúgio, nossa torre forte, temos de deixar de lado toda inveja, toda luta pela supremacia. Temos de destruir completamente as raízes dessas coisas profanas, para que não tornem a brotar na vida. Precisamos colocar-nos inteiramente ao lado do Senhor. -- Este Dia Com Deus, 258. EF 191 1 Ponham de parte os cristãos toda dissensão, e entreguem-se a Deus para a salvação dos perdidos. Com fé peçam a bênção prometida, e virá. -- Testemunhos Seletos 3:211. Amai-vos uns aos outros EF 191 2 Cristianismo é a revelação do mais terno afeto de uns pelos outros. ... Cristo deve receber supremo amor dos seres que criou. E Ele requer também que o homem nutra sagrada consideração por seus semelhantes. Toda alma salva salvar-se-á por amor, o qual começa em Deus. A genuína conversão é uma mudança do egoísmo para santificada afeição para com Deus e uns pelos outros. -- Mensagens Escolhidas 1:114-115. EF 191 3 Os atributos que Deus mais aprecia são o amor e a pureza. Estes atributos devem ser acalentados por todo cristão. -- Testemunhos para a Igreja 5:85. EF 191 4 O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão que sabe amar e é amável. -- A Ciência do Bom Viver, 470. É necessário haver entrega total EF 191 5 Deus não aceitará nada menos do que entrega incondicional. Cristãos indiferentes e corruptos não poderão entrar no Céu. Eles não encontrariam felicidade ali, pois nada sabem dos elevados e santos princípios que governam os membros da família real. O verdadeiro cristão mantém as janelas da alma abertas em direção ao Céu. Ele vive em comunhão com Cristo. Sua vontade está de acordo com a vontade de Cristo. Seu mais elevado desejo é tornar-se cada vez mais semelhante a Cristo. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1907. EF 192 1 Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós. Mediante o Espírito opera Deus em Seu povo "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". Filipenses 2:13. Mas muitos não se submeterão a isto. Querem-se dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o celeste dom. Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à Sua guia e graça, é concedido o Espírito. -- O Desejado de Todas as Nações, 672. Desimpedir o caminho para a chuva serôdia EF 192 2 Vi que ninguém poderia participar do "refrigério" a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto, estar-nos aproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha do dia do Senhor. -- Primeiros Escritos, 71. EF 192 3 Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecostes. -- Testemunhos Seletos 2:69. EF 192 4 Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja. ... Toda tentação, toda influência contrária seja ela franca ou oculta, será resistida com êxito, "não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos". Zacarias 4:6. -- Mensagens Escolhidas 1:124. EF 193 1 A chuva serôdia virá, e a bênção de Deus encherá toda alma que estiver purificada de toda contaminação. É nossa obra hoje entregar nossa alma a Cristo, para estarmos preparados para o tempo de refrigério pela presença do Senhor -- preparados para o batismo do Espírito Santo. -- Mensagens Escolhidas 1:191. Ser trabalhadores diligentes no serviço de Cristo EF 193 2 Quando as igrejas se tornarem igrejas vivas e atuantes, o Espírito Santo será concedido em resposta ao seu sincero pedido. ... Então as janelas do Céu se abrirão para os aguaceiros da chuva serôdia. -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1890. EF 193 3 O grande derramamento do Espírito de Deus, o qual ilumina a Terra toda com Sua glória, não há de ter lugar enquanto não tivermos um povo esclarecido, que conheça por experiência o que seja ser cooperador de Deus. Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de Deus. -- Serviço Cristão, 253. EF 193 4 Quando a ignomínia da indolência e preguiça tiver sido afastada da igreja, o Espírito do Senhor Se manifestará graciosamente. Revelar-se-á o poder divino. A igreja verá a providencial operação do Senhor dos Exércitos. -- Testemunhos Seletos 3:308. "Manter o vaso limpo e com o lado certo para cima" EF 194 1 Não precisamos nos preocupar com a chuva serôdia. Tudo quanto temos que fazer é manter o vaso limpo e com o lado certo para cima e estar preparados para receber a chuva celestial, orando continuamente: "Que a chuva serôdia caia em meu vaso. Que a luz do anjo glorioso que se une ao terceiro anjo resplandeça sobre mim; dá-me uma parte na obra; que eu soe a proclamação; que eu seja um colaborador de Cristo." Assim buscando a Deus, permiti-me contar-vos, Ele vos está preparando todo o tempo, concedendo-vos Sua graça. -- Olhando Para O Alto, 277. EF 194 2 A resposta poderá vir com inesperada rapidez e irresistível poder, ou poderá ser adiada por dias e semanas, e nossa fé passar por uma provação. Mas Deus sabe como e quando responder a nossa oração. Nossa parte da obra é pôr-nos em conexão com o conduto divino. Deus é responsável por Sua parte da obra. Quem fez a promessa é fiel. A grande e importante questão para nós é ser unidos e do mesmo parecer, pondo de lado toda inveja e malícia e, como suplicantes humildes, vigiar e esperar. Jesus, nosso Representante e Cabeça, está disposto a fazer para nós o que fez para os que oravam e vigiavam no dia de Pentecostes. -- Spirit of Prophecy 3:272. EF 194 3 Não tenho nenhum tempo específico de que falar, no qual tenha lugar o derramamento do Espírito Santo -- quando o poderoso anjo descer do Céu, e se unir com o terceiro anjo na conclusão da obra para este mundo; minha mensagem é que nossa única segurança é estarmos prontos para o refrigério celeste, tendo nossas lâmpadas preparadas e ardendo. -- Mensagens Escolhidas 1:192. Nem todos receberão a chuva serôdia EF 195 1 Foi-me mostrado que, se o povo de Deus não fizer esforços, de sua parte, mas esperar apenas que sobre eles venha o refrigério, para deles remover os defeitos e corrigir os erros; se nisso confiarem para serem purificados da imundícia da carne e do espírito, e preparados para tomar parte no alto clamor do terceiro anjo, serão achados em falta. -- Testemunhos Seletos 3:214. EF 195 2 Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir. Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa, prevalecente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. Precisamos orar mais, e falar menos. -- Mensagens Escolhidas 1:122. EF 195 3 Podemos estar certos de que quando o Espírito Santo for derramado, os que não receberam nem apreciaram a chuva temporã, não verão nem compreenderão o valor da chuva serôdia. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 399. EF 195 4 Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do Espírito Santo na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 507. EF 196 1 Aqueles que não fazem esforços decididos, mas esperam simplesmente que o Espírito Santo os force à ação, perecerão em trevas. Não vos deveis deixar estar tranqüilamente, sem nada fazer na obra de Deus. -- Serviço Cristão, 228. ------------------------Capítulo 14 -- O alto clamor Deus tem pedras preciosas em todas as igrejas EF 197 1 Deus tem pedras preciosas em todas as igrejas, e não devemos fazer denúncias impetuosas do professo mundo religioso. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1184. EF 197 2 O Senhor tem Seus representantes em todas as igrejas. As especiais verdades probantes para estes últimos dias não foram apresentadas a essas pessoas de tal modo que trouxessem convicção ao coração e à mente; por isso, ao rejeitar a luz, elas não romperam sua ligação com Deus. -- Testemunhos para a Igreja 6:70-71. EF 197 3 Entre eles [os católicos] existem muitos que são conscienciosíssimos cristãos, que andam em toda a luz que sobre eles brilha, e Deus operará em seu favor. -- Obreiros Evangélicos, 329. EF 197 4 No capítulo dezoito do Apocalipse, o povo de Deus é convidado a sair de Babilônia. De acordo com esta passagem, muitos do povo de Deus ainda devem estar em Babilônia. E em que corporações religiosas se encontrará hoje a maior parte dos seguidores de Cristo? Sem dúvida, nas várias igrejas que professam a fé protestante. -- O Grande Conflito, 383. EF 198 1 Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se ainda em sua comunhão. -- O Grande Conflito, 390. A queda de Babilônia ainda não é completa EF 198 2 "[Ela] tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição." Apocalipse 14:6-8. Como isso é efetuado? Obrigando os homens a aceitarem um sábado espúrio. -- Testemunhos para a Igreja 8:94. EF 198 3 Contudo, não se pode ainda dizer que... "a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição". Ainda não deu de beber a todas as nações. ... EF 198 4 A queda de Babilônia se completará quando esta condição for atingida, e a união da igreja com o mundo se tenha consumado em toda a cristandade. A mudança é gradual, e o cumprimento perfeito de Apocalipse 14:8, está ainda no futuro. -- O Grande Conflito, 389-390. EF 198 5 Quando os seus pecados se acumulam até ao céu? Apocalipse 18:2-5. Quando a lei de Deus for finalmente invalidada pela legislação. -- The Signs of the Times, 12 de Junho de 1893. A última mensagem de advertência da parte de Deus EF 198 6 O Senhor deu às mensagens de Apocalipse 14 o seu devido lugar na seqüência profética, e sua obra não deve cessar antes do fim da história terrestre. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 804. EF 199 1 O Capítulo 18 do Apocalipse indica o tempo em que, como resultado da rejeição da tríplice mensagem do Capítulo 14, Versos 6-12, a igreja terá atingido completamente a condição predita pelo segundo anjo, e o povo de Deus, ainda em Babilônia, será chamado a separar-se de sua comunhão. Esta mensagem é a última que será dada ao mundo. -- O Grande Conflito, 390. EF 199 2 Esta passagem [Apocalipse 18:1, 2-4] indica um tempo em que o anúncio da queda de Babilônia, conforme foi feito pelo segundo anjo em Apocalipse 14:8, deve repetir-se com a menção adicional das corrupções que têm estado a se introduzir nas várias organizações que constituem Babilônia, desde que esta mensagem foi pela primeira vez proclamada, no verão de 1844. ... Estes anúncios, unindo-se à mensagem do terceiro anjo, constituem a advertência final a ser dada aos habitantes da Terra. ... EF 199 3 Os pecados de Babilônia serão revelados. Os terríveis resultados da imposição das observâncias da igreja pela autoridade civil, as incursões do espiritismo, os furtivos mas rápidos progressos do poder papal -- tudo será desmascarado. Por meio destes solenes avisos o povo será comovido. Milhares de milhares que nunca ouviram palavras como essas, escutá-las-ão. -- O Grande Conflito, 603, 604-606. O coração da última mensagem de Deus EF 199 4 Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: "É a mensagem do terceiro anjo, em verdade." -- Mensagens Escolhidas 1:372. EF 200 1 Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. EF 200 2 Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 91-92. EF 200 3 A mensagem da justiça de Cristo há de soar desde uma até a outra extremidade da Terra, a fim de preparar o caminho ao Senhor. Esta é a glória de Deus com que será encerrada a mensagem do terceiro anjo. -- Testemunhos Seletos 2:373. EF 200 4 A última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Revelarão em sua vida e caráter o que a graça de Deus por eles tem feito. -- Parábolas de Jesus, 415-416. A mensagem avançará com grande poder EF 201 1 Quando a terceira mensagem se avolumar num alto clamor, e quando grande poder e glória acompanharem a obra final, o fiel povo de Deus participará dessa glória. É a chuva serôdia que os reanima e fortalece para passarem pelo tempo de angústia. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:984. EF 201 2 À medida que se aproxima o fim, os testemunhos dos servos de Deus tornar-se-ão mais decididos e mais poderosos. -- Mensagens Escolhidas 3:407. EF 201 3 Esta mensagem [Apocalipse 14:9-12] abrange as duas mensagens precedentes. Ela é representada sendo dada em alta voz; isto é, com o poder do Espírito Santo. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:980. EF 201 4 Quando a terceira mensagem se avolumar num alto clamor, grande poder e glória acompanharão sua proclamação. Os semblantes do povo de Deus resplandecerão com a luz do Céu. -- Testemunhos para a Igreja 7:17. EF 201 5 Por entre as sombras cada vez mais profundas da última e grande crise da Terra, a luz de Deus resplandecerá com maior brilho, e o canto de confiança e esperança ouvir-se-á nos mais claros e sublimes acordes. -- Educação, 166. EF 201 6 Segundo está predito no capítulo dezoito do Apocalipse, a mensagem do terceiro anjo deve ser proclamada com grande poder pelos que transmitem a advertência final contra a besta e sua imagem. -- Testemunhos para a Igreja 8:118. Semelhante ao movimento de 1844 EF 202 1 O poder que agitou o povo tão vigorosamente no movimento de 1844 será revelado outra vez. A mensagem do terceiro anjo não será divulgada em sussurros, mas com forte voz. -- Testemunhos para a Igreja 5:252. EF 202 2 Vi que esta mensagem se encerrará com poder e força muito maiores do que o clamor da meia-noite. -- Primeiros Escritos, 278. Semelhante ao dia de Pentecostes EF 202 3 É com intenso anseio que aguardo o tempo em que os acontecimentos do dia de Pentecostes se repitam com maior poder do que naquela ocasião. João diz: "Vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória." Apocalipse 18:1. Então, como no Pentecostes, cada pessoa ouvirá a verdade ser-lhe proferida em sua própria língua. -- The S.D.A. Bible Commentary 6:1055. EF 202 4 Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes. -- Testemunhos Seletos 3:345. EF 203 1 A grande obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva temporã no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva serôdia, no final do mesmo. ... EF 203 2 Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes. -- O Grande Conflito, 611-612. Deus usará instrumentalidades que nos surpreenderão EF 203 3 Permiti-me dizer-vos que o Senhor trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano. Haverá entre nós os que sempre desejarão dominar a obra de Deus, para ditar até que movimentos se farão quando a obra avançar sob a direção do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo. Deus usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas próprias mãos. Surpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele usará para efetuar e aperfeiçoar sua obra de justiça. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 300. EF 203 4 Não imagineis que será possível traçar planos para o futuro. Seja reconhecido que Deus está ao leme em todas as ocasiões e circunstâncias. Ele agirá de maneiras apropriadas, e manterá, aumentará e edificará Seu povo. -- Counsels to Writers and Editors, 71. EF 204 1 O Confortador Se revelará, não de algum modo definido e preciso que o homem possa determinar, mas segundo a ordem de Deus -- em ocasiões e maneiras inesperadas que honrem o Seu próprio nome. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 1.478. EF 204 2 Assim como outrora chamou pescadores para serem Seus discípulos, Ele suscitará dentre o povo comum a homens e mulheres que realizem Sua obra. Em breve haverá um avivamento que surpreenderá a muitos. Os que não percebem a necessidade do que deve ser feito serão passados por alto, e os mensageiros celestiais trabalharão com os que são chamados de pessoas comuns, habilitando-as a levar a verdade para muitos lugares. -- Manuscript Releases 15:312. Trabalhadores habilitados pelo Espírito Santo EF 204 3 Na última e solene obra se empenharão poucos grandes homens. ... Deus realizará uma obra em nosso tempo que poucos esperam. Ele suscitará e exaltará entre nós os que são mais adestrados pela unção de Seu Espírito, do que pelo preparo exterior de instituições científicas. Estes meios não devem ser desprezados ou condenados; eles são ordenados por Deus, mas só podem fornecer as habilitações exteriores. Deus mostrará que não depende de seres humanos instruídos e cheios de si. -- Testemunhos para a Igreja 5:80-82. EF 205 1 Às almas que buscam diligentemente a luz e que aceitam de boa vontade todo raio de iluminação divina vindo de Sua Santa Palavra, unicamente a essas, será a luz comunicada. É por meio dessas almas que Deus revelará aquela luz e poder que iluminarão toda a Terra com Sua glória. -- Testemunhos Seletos 2:377. EF 205 2 Disciplina de espírito, pureza de coração e pensamento é que são necessários. Isto tem mais valor do que admirável talento, tato ou conhecimento. Uma mente comum, acostumada a obedecer ao "Assim diz o Senhor", está mais bem habilitada para a obra de Deus, do que aqueles que têm capacidades mas não as empregam corretamente. -- The Review and Herald, 27 de Novembro de 1900. EF 205 3 Os obreiros serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das instituições de ensino. Homens de fé e oração serão constrangidos a sair com zelo santo, declarando as palavras que Deus lhes dá. -- O Grande Conflito, 606. Deus usa até os indoutos EF 205 4 Os que recebem a Cristo como Salvador pessoal resistirão às provas e aflições destes últimos dias. Fortalecido por inabalável fé em Cristo, até mesmo o discípulo indouto conseguirá resistir às dúvidas e objeções que a incredulidade pode produzir, e desmascarar os sofismas dos escarnecedores. EF 205 5 O Senhor Jesus dará aos discípulos uma língua e sabedoria a que os seus adversários não poderão contradizer nem resistir. Aqueles que, pelos argumentos, não poderiam vencer os enganos satânicos, darão positivo testemunho que confundirá pretensos homens instruídos. As palavras sairão dos lábios de pessoas indoutas com tal poder e sabedoria convincentes que haverá conversões à verdade. Milhares se converterão pela influência do seu testemunho. EF 206 1 Por que o indouto terá esse poder que o instruído não possuirá? Pela fé em Cristo, o indouto penetrou na atmosfera de pura e clara verdade, ao passo que o instruído se afastou da verdade. O homem pobre é testemunha de Cristo. Ele não pode apelar para histórias ou para a pretensa ciência superior, mas colhe poderosas evidências da Palavra de Deus. A verdade que ele profere sob a inspiração do Espírito Santo é tão pura e notável, e contém um poder tão inquestionável, que o seu testemunho não pode ser contestado. -- Manuscript Releases 8:187-188. Crianças proclamam a mensagem EF 206 2 Muitos, mesmo entre os iletrados, proclamam agora as palavras do Senhor. Crianças são impelidas pelo Espírito a ir e declarar a mensagem do Céu. O Espírito será derramado sobre todos quantos se submeterem a Suas sugestões e, pondo à margem todo o maquinismo humano, suas regras inibidoras e cautelosos métodos, proclamarão a verdade com a força do poder do Espírito. -- Evangelismo, 700. EF 206 3 Quando os seres celestiais perceberem que os homens não apresentarão mais a verdade com simplicidade, como Jesus fazia, até as crianças serão impelidas pelo Espírito de Deus e pôr-se-ão a proclamar a verdade para este tempo. -- The Southern Work, 66. O ministério dos anjos EF 207 1 Os anjos do Céu estão influindo em mentes humanas para despertar a investigação dos assuntos da Bíblia. Será efetuada uma obra muito mais ampla do que já foi realizada, e nem um pouco de sua glória irá para os homens, pois os anjos que ministram a favor dos que hão de herdar a salvação, estão trabalhando de dia e de noite. -- Counsels to Writers and Editors, 140. EF 207 2 Em nosso mundo há muitos homens que são como Cornélio. ... Assim como trabalhou por Cornélio, Deus trabalha por esses verdadeiros porta-estandartes. ... Como Cornélio, eles obterão conhecimento de Deus pela visita de anjos do Céu. -- Carta 197, 1904. EF 207 3 Ao aliar-se o poder divino com o esforço humano, a obra se propagará como o fogo na palha. Deus empregará instrumentos cuja origem o homem será incapaz de discernir; os anjos farão uma obra que os homens poderiam haver tido a bênção de realizar, não houvessem eles negligenciado atender aos reclamos de Deus. -- Mensagens Escolhidas 1:118. Amplitude mundial da proclamação EF 207 4 O anjo que se une na proclamação da mensagem do terceiro anjo, deve iluminar a Terra toda com a sua glória. Prediz-se com isto uma obra de extensão mundial e de extraordinário poder. ... Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. -- O Grande Conflito, 611-612. EF 208 1 A mensagem do anjo que acompanha o terceiro deve agora ser transmitida a todas as partes do mundo. Deve ser a mensagem da colheita, e toda a Terra se iluminará com a glória de Deus. -- Carta 86, 1900. EF 208 2 Quando a tormenta da perseguição realmente irromper sobre nós, ... a mensagem do terceiro anjo se avolumará num alto clamor, e toda a Terra se iluminará com a glória do Senhor. -- Testemunhos para a Igreja 6:401. EF 208 3 Em cada cidade da América deve ser proclamada a mensagem. Em cada país do mundo deve ser transmitida a mensagem de advertência. -- The General Conference Bulletin, 30 de Março de 1903. EF 208 4 Durante o alto clamor, a igreja, ajudada pelas providenciais interposições de seu exaltado Senhor, difundirá o conhecimento da salvação tão abundantemente, que a luz será comunicada a toda cidade e vila. -- Evangelismo, 694. EF 208 5 Uma crise acha-se precisamente diante de nós. Devemos agora, pelo poder do Espírito Santo, proclamar as grandes verdades para estes últimos dias. Não levará muito tempo para que todos tenham ouvido a advertência e feito sua decisão. Então virá o fim. -- Vida e Ensinos, 220. Reis, legisladores e assembléias ouvem a mensagem EF 209 1 Agora não nos parece ser possível que alguém tenha de ficar em pé sozinho; mas, se Deus alguma vez falou por meu intermédio, chegará o tempo em que seremos conduzidos perante assembléias e perante milhares de pessoas por causa do Seu nome, e cada um terá de apresentar a razão de sua fé. Então haverá a mais severa crítica de toda posição assumida em defesa da verdade. Precisamos, portanto, estudar a Palavra de Deus, para saber por que cremos nas doutrinas que defendemos. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. EF 209 2 Muitos terão de se apresentar nas cortes legislativas; alguns perante reis e diante dos doutos da Terra, para responderem por sua fé. Os que não têm senão um superficial conhecimento da verdade, não serão capazes de expor claramente as Escrituras, e dar razões definidas da fé que possuem. Ficarão confusos, e não serão obreiros que não têm de que se envergonhar. Que ninguém imagine não precisar estudar, visto não ter de pregar do sagrado púlpito. Não sabeis o que Deus pode requerer de vós. -- Fundamentos da Educação Cristã, 217. Muitos adventistas tomam posição contra a luz EF 209 3 Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que -- dizem eles -- não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" -- Review and Herald Extra, 23 de Dezembro de 1890. EF 210 1 A mensagem do terceiro anjo não será compreendida, e a luz que iluminará a Terra com sua glória será chamada de falsa luz pelos que recusam andar em sua glória progressiva. -- The Review and Herald, 27 de Maio de 1890. A maioria dos não-adventistas rejeitará a advertência EF 210 2 Muitos dos que ouvem a mensagem -- o maior número deles -- não darão crédito à solene advertência. Muitos serão achados desleais aos mandamentos de Deus, que são uma prova do caráter. Os servos de Deus serão chamados entusiastas. Os ministros aconselharão o povo a não os ouvirem. Noé recebeu o mesmo tratamento enquanto o Espírito o impelia a dar a mensagem, quer os homens quisessem, quer não a quisessem ouvir. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 233. EF 210 3 Alguns atenderão a essas advertências, mas a grande maioria as desprezará. -- Nos Lugares Celestiais, 343. EF 210 4 O ministério popular, semelhante aos fariseus da antiguidade, cheio de ira por ser posta em dúvida a sua autoridade, denunciará a mensagem como sendo de Satanás, e agitará as multidões amantes do pecado para ultrajar e perseguir os que a proclamam. -- O Grande Conflito, 607. Multidões responderão à chamada EF 211 1 Almas que estavam espalhadas por todas as corporações religiosas responderam à chamada, e os que eram preciosos retiraram-se apressadamente das igrejas condenadas, assim como precipitadamente fora Ló retirado de Sodoma antes de sua destruição. -- Primeiros Escritos, 279. EF 211 2 Haverá um exército de crentes resolutos que permanecerão tão firmes como uma rocha durante a última prova. -- Mensagens Escolhidas 3:390. EF 211 3 Há muitas almas que sairão das fileiras do mundo e das igrejas -- até da Igreja Católica -- cujo zelo excederá consideravelmente o dos que têm estado a postos para proclamar a verdade até agora. -- Mensagens Escolhidas 3:386-387. EF 211 4 Multidões receberão a fé e unir-se-ão aos exércitos do Senhor. -- Evangelismo, 700. EF 211 5 Muitos que vaguearam longe do aprisco retornarão para seguir o grande Pastor. -- Testemunhos para a Igreja 6:401. EF 211 6 Na África pagã, nas terras católicas da Europa e da América do Sul, na China, na Índia, nas ilhas do mar e em todos os escuros recantos da Terra, Deus tem em reserva um firmamento de escolhidos que brilharão em meio às trevas, revelando claramente a um mundo apóstata o poder transformador da obediência a Sua lei. Mesmo agora eles estão aparecendo em toda nação, entre toda língua e povo; e na hora da mais profunda apostasia, quando o supremo esforço de Satanás for feito no sentido de que "todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apocalipse 13:16), recebam, sob pena de morte, o sinal de submissão a um falso dia de repouso, esses fiéis, "irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa", resplandecerão "como astros no mundo". Filipenses 2:15. -- Profetas e Reis, 188-189. Milhares convertidos num dia EF 212 1 Milhares da hora undécima verão e reconhecerão a verdade. ... Essas conversões à verdade operar-se-ão com uma rapidez surpreendente para a igreja, e unicamente o nome de Deus será glorificado. -- Mensagens Escolhidas 2:16. EF 212 2 Milhares se converterão à verdade num dia, os quais na hora undécima verão e reconhecerão a verdade e as atuações do Espírito de Deus. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 755. EF 212 3 Aproxima-se o tempo em que haverá tantos conversos em um dia como houve no dia de Pentecostes, depois de os discípulos haverem recebido o Espírito Santo. -- Evangelismo, 692. Os sinceros de coração não hesitarão por mais tempo EF 212 4 Bom número não o vê agora, para tomar sua decisão, porém estas coisas estão-lhes influenciando a vida; e quando a mensagem se fizer ouvir com grande voz, estarão preparados para ela. Não hesitarão por mais tempo, adiantar-se-ão, e tomarão sua atitude. -- Evangelismo, 300-301. EF 213 1 Em breve virá a prova final a todos os habitantes da Terra. Naquele tempo serão tomadas decisões imediatas. Os que se convenceram sob a apresentação da Palavra se colocarão sob o ensangüentado estandarte do Príncipe Emanuel. -- Testemunhos para a Igreja 9:149. EF 213 2 Toda alma verdadeiramente sincera virá à luz da verdade. -- O Grande Conflito, 522. EF 213 3 A mensagem há de ser levada não tanto por argumentos como pela convicção profunda do Espírito de Deus. Os argumentos foram apresentados. A semente foi semeada e agora brotará e frutificará. As publicações distribuídas pelos missionários têm exercido sua influência; todavia, muitos que ficaram impressionados, foram impedidos de compreender completamente a verdade, ou de lhe prestar obediência. Agora os raios de luz penetram por toda parte, a verdade é vista em sua clareza, e os leais filhos de Deus cortam os liames que os têm retido. Laços de família, relações na igreja, são impotentes para os deter agora. A verdade é mais preciosa do que tudo mais. Apesar das forças arregimentadas contra a verdade, grande número se coloca ao lado do Senhor. -- O Grande Conflito, 612. A influência da página impressa EF 213 4 Mais de mil se converterão brevemente em um dia, a maioria dos quais reconhecerá haver sido primeiramente convencidos através da leitura de nossas publicações. -- Evangelismo, 693. EF 214 1 Os resultados da circulação deste livro [O Grande Conflito] não devem ser julgados pelo que agora aparece. Por intermédio de sua leitura, algumas almas serão despertadas e encontrarão forças para unir-se de vez com os que guardam os mandamentos de Deus. Número muito maior, porém, que o ler, não tomarão sua posição até que vejam que estão tendo lugar os próprios eventos nele preditos. O cumprimento de algumas das predições inspirará fé que as outras também se cumprirão, e quando a Terra for iluminada com a glória do Senhor, na obra de encerramento, muitas almas tomarão sua posição em relação aos mandamentos de Deus como resultado deste instrumento. -- O Colportor-Evangelista, 126. EF 214 2 É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. -- Testemunhos Seletos 3:142. ------------------------Capítulo 15 -- O selo de Deus e a marca da besta Só duas classes EF 215 1 Só poderá haver duas classes. Cada participante é assinalado distintamente, ou com o selo do Deus vivo, ou com o sinal da besta ou de sua imagem. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. EF 215 2 No grande conflito entre a fé e a descrença todo o mundo cristão estará envolvido. Todos tomarão partido. Aparentemente, alguns talvez não se engajem de um lado ou outro do conflito. Talvez não pareçam tomar partido contra a verdade, mas não se porão audazmente em campo a favor de Cristo, com receio de perder propriedades ou sofrer opróbrio. Todos esses são incluídos entre os inimigos de Cristo. -- The Review and Herald, 7 de Fevereiro de 1893. EF 215 3 Ao nos aproximarmos do fim do tempo, a distinção entre os filhos da luz e os filhos das trevas será cada vez mais clara. Eles estarão cada vez mais em desacordo. Essa diferença é expressa nas palavras de Cristo: "nascer de novo" -- criados novamente em Cristo, mortos para o mundo e vivos para Deus. São estas as paredes de separação que dividem o celestial do terreno e descrevem a diferença entre os que pertencem ao mundo e os que são escolhidos do meio dele, os quais são eleitos e preciosos à vista de Deus. -- Special Testimony to the Battle Creek Church, 3. Membros da família são separados EF 216 1 Os que têm sido membros da mesma família são separados. Sobre os justos é colocado um sinal. "Eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho que o serve." Malaquias 3:17. Os que forem obedientes aos mandamentos de Deus, unir-se-ão com o grupo de santos na luz; entrarão na cidade pelas portas, e terão direito à árvore da vida. EF 216 2 Esse será tomado. Seu nome permanecerá no livro da vida, ao passo que os que com ele se associam terão a marca da eterna separação de Deus. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 234-235. Julgados pela luz que recebemos EF 216 3 Muitos que não tiveram os privilégios que nós tivemos entrarão no Céu antes dos que tiveram grande luz mas não andaram nela. Muitos viveram de acordo com a melhor luz que tiveram, e serão julgados em conformidade com isso. -- Carta 36, 1895. EF 217 1 Todos terão de esperar pelo tempo designado, até que as advertências tenham ido a todas as partes do mundo, até que suficiente luz e evidências tenham sido dadas a cada pessoa. Alguns terão menos luz do que outros, mas cada um será julgado de acordo com a luz recebida. -- Manuscrito 77, 1899. EF 217 2 Foi-nos concedida grande luz a respeito da lei de Deus. Esta lei é o padrão do caráter. Requer-se agora que o homem viva de acordo com ela, e seremos julgados por essa lei no último grande dia. Nesse dia os homens serão tratados segundo a luz que receberam. -- The Review and Herald, 1 de Janeiro de 1901. EF 217 3 Os que tiveram grande luz, e a desprezaram, encontram-se em pior situação do que aqueles a quem não foram concedidas tantas vantagens. Eles exaltam a si mesmos, mas não ao Senhor. A punição imposta aos seres humanos será, em todos os casos, proporcional à desonra que eles causaram a Deus. -- Manuscript Releases 8:168. EF 217 4 Cada qual receberá esclarecimento bastante para fazer inteligentemente a sua decisão. -- O Grande Conflito, 605. Não há desculpa para a cegueira voluntária EF 217 5 Ninguém será condenado por não fazer caso da luz e do conhecimento que nunca teve e não pôde obter. Muitos, porém, recusam obedecer à verdade que lhes é apresentada pelos embaixadores de Cristo, porque desejam acomodar-se ao padrão do mundo, e a luz que penetrou no seu entendimento, a luz que resplandeceu na alma, condená-los-á no juízo. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1.145. EF 218 1 Os que têm oportunidade de ouvir a verdade, mas não se esforçam para ouvi-la ou compreendê-la, pensando que, se não a ouvirem não serão responsáveis, serão considerados culpados perante Deus, como se a tivessem ouvido e rejeitado. Não haverá desculpa para os que preferem continuar no erro, quando poderiam compreender o que é verdade. Em Seus sofrimentos e morte, Jesus fez expiação por todos os pecados de ignorância, mas não foi tomada nenhuma providência para a cegueira voluntária. EF 218 2 Não seremos considerados responsáveis pela luz que não atingiu nossa percepção, mas pela luz a que resistimos e que rejeitamos. Um homem não poderia compreender a verdade que nunca lhe foi apresentada, e não pode, portanto, ser condenado pela luz que nunca teve. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1145. A importância da beneficência prática EF 218 3 As decisões do último dia recaem sobre nossa beneficência prática. Cristo reconhece cada ato de beneficência como feito a Ele mesmo. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 399. EF 218 4 Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. ... EF 218 5 Há, entre os gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da Natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus. EF 219 1 Quão surpreendidos e jubilosos ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, de ouvir dos lábios do Salvador: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes!" Quão alegre ficará o coração do Infinito amor quando Seus seguidores erguerem para Ele o olhar, em surpresa e gozo ante Suas palavras de aprovação! -- O Desejado de Todas as Nações, 637-638. O motivo dá cunho às ações EF 219 2 No dia do juízo alguns apresentarão esta ou aquela boa ação como pretexto para receberem consideração. Eles dirão: "Eu montei um negócio para vários jovens. Dei dinheiro para fundar hospitais. Aliviei as necessidades das viúvas e acolhi os pobres em minha casa." Sim, mas os seus motivos estavam tão contaminados pelo egoísmo que a ação não era agradável à vista do Senhor. Em tudo o que fizeram, o próprio eu foi realçado consideravelmente. -- Manuscrito 53, 1906. EF 219 3 É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. -- O Desejado de Todas as Nações, 615. O que é o selo de Deus? EF 219 4 Logo que o povo de Deus estiver selado na fronte -- não é algum selo ou marca que pode ser visto, mas a consolidação na verdade, tanto intelectual como espiritualmente, de modo que não possam ser abalados -- logo que o povo de Deus estiver selado e preparado para a sacudidura, ela ocorrerá. Na realidade, já começou. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1161. EF 220 1 O selo do Deus vivo é colocado nos que guardam conscienciosamente o sábado do Senhor. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:980. EF 220 2 Os que querem ter o selo de Deus na testa precisam guardar o sábado do quarto mandamento. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:970. EF 220 3 A verdadeira observância do sábado é o sinal de lealdade a Deus. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:981. EF 220 4 De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos céus e da Terra. -- Testemunhos Seletos 3:17. EF 220 5 A observância do memorial do Senhor, o sábado instituído no Éden, o sábado do sétimo dia, é a prova de nossa lealdade a Deus. -- Carta 94, 1900. EF 220 6 Tão verdadeiramente como foi colocado um sinal sobre as portas das habitações dos hebreus, para proteger o povo contra a ruína geral, será colocado um sinal em cada um dos que pertencem ao povo de Deus. O Senhor declara: "Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica." Ezequiel 20:12. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:969. Semelhança com Cristo no caráter EF 221 1 O selo do Deus vivo só será colocado nos que se assemelham a Cristo no caráter. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:970. EF 221 2 Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus. -- Primeiros Escritos, 71. EF 221 3 O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus -- candidatos para o Céu. -- Testemunhos Seletos 2:71. EF 221 4 O amor exprime-se na obediência, e o amor perfeito lança fora o temor. Os que amam a Deus têm o Seu selo na testa, e praticam as obras de Deus. -- Filhos e Filhas de Deus, 51. EF 221 5 Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o selo do Deus vivo. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 445. EF 222 1 Com todas as faculdades que nos foram dadas por Deus, estamos procurando alcançar a medida da estatura de homens e mulheres em Cristo? Estamos buscando Sua plenitude, chegando cada vez mais alto, procurando atingir a perfeição de Seu caráter? Quando os servos de Deus chegarem a esse ponto, eles serão selados em suas frontes. O anjo relator declarará: "Feito está!" Eles estarão completos nAquele a quem pertencem pela criação e pela redenção. -- Mensagens Escolhidas 3:427. No tempo do selamento agora EF 222 2 Vi que a presente prova do sábado não poderia vir até que a mediação de Jesus no lugar santo terminasse e Ele passasse para dentro do segundo véu; portanto os cristãos que dormiram antes que a porta fosse aberta no santíssimo, quando terminou o clamor da meia-noite no sétimo mês, em 1844, e que não haviam guardado o verdadeiro sábado, agora repousam em esperança, pois não tiveram a luz e o teste sobre o sábado que nós agora temos, uma vez que a porta foi aberta. Eu vi que Satanás estava tentando alguns do povo de Deus neste ponto. Sendo que grande número de bons cristãos adormeceram nos triunfos da fé e não guardaram o verdadeiro sábado, eles estavam em dúvida quanto a ser isto um teste para nós agora. ... EF 222 3 Satanás está agora usando cada artifício neste tempo de selamento a fim de desviar a mente do povo de Deus da verdade presente e levá-los a vacilar. -- Primeiros Escritos, 42-43. EF 222 4 Vi que ela [Sra. Hastings] estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia. -- Mensagens Escolhidas 2:263. EF 223 1 Em nossa Terra vivem homens que passaram dos noventa anos de idade. Os resultados naturais da velhice se fazem notar em sua debilidade. Mas eles crêem em Deus, e o Senhor os ama. O selo de Deus está neles, e se encontrarão entre aqueles a cujo respeito o Senhor disse: "Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor." -- The S.D.A. Bible Commentary 7:982. Oxalá o selo de Deus seja colocado em nós! EF 223 2 Dentro em pouco será colocado o selo de Deus em cada um de Seus filhos. Oxalá ele seja colocado em nossas frontes! Quem pode suportar o pensamento de ser passado por alto quando o anjo se puser a selar os servos de Deus em suas frontes? -- The S.D.A. Bible Commentary 7:969-970. EF 223 3 Se os crentes na verdade não forem sustidos por sua fé nestes dias relativamente pacíficos, que os deterá quando vier a grande prova, e sair o decreto contra todos os que não adorarem a imagem da besta nem receberem na testa ou nas mãos o sinal? Não está longe esse tempo solene. Em vez de se tornar fraco e irresoluto, o povo de Deus deve estar reunindo forças e ânimo para o tempo de angústia. -- Testemunhos Seletos 1:498-499. O que é a marca ou o sinal da besta? EF 223 4 João foi convidado a contemplar um povo distinto dos que adoram a besta ou a sua imagem observando o primeiro dia da semana. A observância desse dia é o sinal da besta. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 133. EF 224 1 O sinal da besta é o dia de repouso papal. -- Evangelismo, 234. EF 224 2 Quando vier a prova, será mostrado claramente o que é a marca da besta. Ela é a observância do domingo. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:980. EF 224 3 O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia -- o memorial divino da criação. ... A marca da besta é o oposto disso -- a observância do primeiro dia da semana. -- Testemunhos Seletos 3:232. EF 224 4 "A todos, os pequenos e os grandes, ... faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte." Apocalipse 13:16. Os homens não só não deverão trabalhar com as mãos no domingo, mas reconhecer com a mente que o domingo é o sábado. -- Special Testimony to Battle Creek Church, 6-7. Quando é recebido o sinal da besta? EF 224 5 Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. -- Evangelismo, 234. EF 224 6 A observância do domingo não é ainda o sinal da besta, e não o será até que saia o decreto compelindo os homens a venerarem esse falso sábado. Chegará o tempo em que esse dia será a prova, mas esse tempo ainda não veio. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:977. EF 225 1 Deus concedeu aos homens o sábado como sinal entre Ele e eles, como uma prova da fidelidade deles. Os que, na grande crise que está perante nós, depois de receberem iluminação no tocante à lei de Deus, prosseguem desobedecendo e exaltando as leis humanas acima da de Deus, receberão o sinal da besta. -- Evangelismo, 235. EF 225 2 O sábado será a pedra de toque da lealdade; pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, traçar-se-á a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem. EF 225 3 Ao passo que a observância do sábado espúrio em conformidade com a lei do Estado, contrária ao quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que se acha em oposição a Deus, é a guarda do verdadeiro sábado, em obediência à lei divina, uma prova de lealdade para com o Criador. Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus. -- O Grande Conflito, 605. A imposição da observância do domingo é a prova EF 225 4 Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação nem se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta. -- Evangelismo, 234. EF 226 1 Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira o papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem. EF 226 2 Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma -- "o sinal da besta". E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber "o sinal da besta". -- O Grande Conflito, 449. ------------------------Capítulo 16 -- O fim do tempo da graça Ninguém sabe quando terminará o tempo da graça EF 227 1 Deus não nos revelou o tempo em que esta mensagem será concluída, ou quando terá fim o tempo de graça. As coisas reveladas aceitaremos para nós e nossos filhos; não busquemos, porém, saber aquilo que foi mantido em segredo nos concílios do Todo-poderoso. ... EF 227 2 Têm-me chegado cartas perguntando se tenho qualquer esclarecimento especial quanto ao tempo do fim de graça; e respondo que tenho apenas esta mensagem a dar; que agora é tempo de trabalhar, enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. -- Mensagens Escolhidas 1:191. A imposição da lei dominical precede o fim do tempo da graça EF 227 3 O Senhor mostrou-me claramente que a imagem da besta formar-se-á antes que termine a graça; pois isso será a grande prova para o povo de Deus, pela qual será decidido seu destino eterno. -- Mensagens Escolhidas 2:81. EF 228 1 O que é a "imagem da besta"? e como será ela formada? A imagem é feita pela besta de dois cornos, e é uma imagem à primeira besta. É também chamada imagem da besta. Portanto, para sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar os característicos da própria besta -- o papado. EF 228 2 Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da "heresia". A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins. ... EF 228 3 A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. -- O Grande Conflito, 443-445. O tempo da graça terminará quando for concluído o selamento EF 228 4 Pouco antes de entrarmos...[no tempo de angústia], todos nós recebemos o selo do Deus vivo. Então eu vi os quatro anjos deixarem de segurar os quatro ventos. E vi fomes, epidemias e espada, nação se levantando contra nação e o mundo inteiro em confusão. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:968. EF 229 1 Vi anjos indo aceleradamente de um lado para o outro no Céu. Um anjo com um tinteiro de escrivão ao lado voltou da Terra, e referiu a Jesus que sua obra estava feita, e os santos estavam numerados e selados. Então vi Jesus, que havia estado a ministrar diante da arca, a qual contém os Dez Mandamentos, lançar o incensário. Levantou as mãos e com grande voz disse: "Está feito." -- Primeiros Escritos, 279. EF 229 2 Só nos resta, por assim dizer, um pequeno instante. Mas, conquanto nação se esteja levantando contra nação e reino contra reino, não se desencadeou ainda um conflito geral. Ainda os quatro ventos sobre os quatro cantos da Terra estão sendo retidos até que os servos de Deus estejam assinalados na testa. Então as potências do mundo hão de mobilizar suas forças para a última grande batalha. -- Testemunhos Seletos 2:369. EF 229 3 Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostrarem fiéis aos preceitos divinos receberam "o selo do Deus vivo". Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. Levanta as mãos, e com grande voz diz: "Está feito." -- O Grande Conflito, 613. O tempo da graça terminará repentina e inesperadamente EF 229 4 Quando Jesus deixar de interceder pelo homem, os casos de todos estarão decididos para sempre. ... Termina o tempo da graça; as intercessões de Cristo cessam no Céu. Esse tempo afinal virá repentinamente sobre todos, e os que não purificarem a alma pela obediência à verdade, serão encontrados dormindo. -- Testemunhos para a Igreja 2:191. EF 230 1 Quando terminar o tempo da graça, isso se dará repentina e inesperadamente -- numa ocasião em que menos o esperarmos. Mas podemos ter hoje um registro limpo no Céu, e saber que Deus nos aceita. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:989. EF 230 2 Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. ... EF 230 3 Antes do dilúvio, depois que Noé entrou na arca, Deus o encerrou ali, e excluiu os ímpios; mas, durante sete dias, o povo, não sabendo que seu destino se achava determinado, continuou em sua vida de descuido e de amor aos prazeres, zombando das advertências sobre o juízo iminente. "Assim", diz o Salvador, "será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:39. Silenciosamente, despercebida como o ladrão à meia-noite, virá a hora decisiva que determina o destino de cada homem, sendo retraída para sempre a oferta de misericórdia ao homem culpado. ... EF 230 4 Enquanto o homem de negócios está absorto em busca de lucros, enquanto o amante dos prazeres procura satisfazer aos mesmos, enquanto a escrava da moda está a arranjar os seus adornos -- pode ser que naquela hora o Juiz de toda a Terra pronuncie a sentença: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta." Daniel 5:27. -- O Grande Conflito, 490-491. A atividade humana depois do fim do tempo da graça EF 231 1 Os justos e os ímpios estarão ainda a viver sobre a Terra em seu estado mortal: estarão os homens a plantar e a construir, comendo e bebendo, todos inconscientes de que a decisão final, irrevogável, foi pronunciada no santuário celestial. -- O Grande Conflito, 491. EF 231 2 Quando a decisão irrevogável do santuário houver sido pronunciada, e para sempre tiver sido fixado o destino do mundo, os habitantes da Terra não o saberão. As formas da religião continuarão a ser mantidas por um povo do qual finalmente o Espírito de Deus Se terá retirados; o zelo satânico com que o príncipe do mal os inspirará para o cumprimento de seus maldosos desígnios, terá a semelhança do zelo para com Deus. -- O Grande Conflito, 615. EF 231 3 O trigo e o joio deverão "crescer ambos juntos até à ceifa". No desempenho de seus deveres cotidianos, os justos hão de estar, até o fim, em contato com os ímpios. Os filhos da luz estão espalhados entre os das trevas para que o contraste salte aos olhos de todos. -- Testemunhos Seletos 2:13. EF 231 4 Cristo declarou que quando Ele vier alguns de Seu povo expectante estarão empenhados em transações comerciais. Alguns estarão semeando no campo, outros ceifando e colhendo, e outros ainda moendo num moinho. -- Manuscrito 26, 1901. A descrença e os prazeres proibidos continuam EF 232 1 O ceticismo e o que é chamado de ciência têm, em grande medida, minado a fé do mundo cristão em suas Bíblias. Erros e fábulas são aceitos de bom grado, para que eles possam seguir o caminho da condescendência pessoal e não ficar alarmados, pois não procuram preservar o conhecimento de Deus. Dizem: "O dia de amanhã será como este, e ainda maior e mais famoso." Mas, em meio a sua descrença e iníquo prazer, será ouvida a voz do arcanjo e a trombeta de Deus. ... EF 232 2 Quando tudo em nosso mundo for buliçosa atividade, imersa em egoísta ambição de lucro, Jesus virá como um ladrão. -- Manuscrito 15b, 1886. EF 232 3 Quando o professo povo de Deus se estiver unindo com o mundo, vivendo como vivem os do mundo, e com eles gozando de prazeres proibidos; quando o luxo do mundo se tornar luxo da igreja; quando os sinos para casamentos estiverem a tocar, e todos olharem para o futuro esperando muitos anos de prosperidade temporal, subitamente então, como dos céus fulgura o relâmpago, virá o fim de suas resplendentes visões e esperanças ilusórias. -- O Grande Conflito, 338-339. Os homens estarão inteiramente absortos nos negócios EF 232 4 Quando Ló advertiu os membros de sua família da destruição de Sodoma, eles não quiseram atender a suas palavras, mas o consideraram um entusiasta fanático. A destruição que ocorreu encontrou-os desprevenidos. Assim será quando Cristo vier -- agricultores, negociantes, advogados, comerciantes, estarão inteiramente absortos nos negócios, e o dia do Senhor virá sobre eles como um laço. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1904. EF 233 1 Quando pastores, agricultores, negociantes, advogados, grandes e pretensos bons homens exclamarem: "Paz e segurança!", sobrevirá repentina destruição. Lucas relata as palavras de Cristo, de que o dia de Deus vem como um laço -- a figura de um animal andando na selva em busca da presa, e eis que, de repente, ele é apanhado na disfarçada armadilha do caçador. -- Manuscript Releases 10:266. EF 233 2 Quando os homens estão despreocupados, enlevados nas diversões, absortos em comprar e vender, o ladrão se aproxima com passos furtivos. Assim será na vinda do Filho do homem. -- Carta 21, 1897. Líderes religiosos estarão cheios de otimismo EF 233 3 Quando os raciocínios da filosofia houverem banido o temor dos juízos de Deus; quando ensinadores religiosos estiverem a apontar no futuro para longas eras de paz e prosperidade, e o mundo estiver absorto em sua rotina de negócios e prazeres, plantando e construindo, banqueteando-se e divertindo-se, rejeitando as advertências de Deus e zombando de Seus mensageiros, então é que súbita destruição lhes sobrevirá, e não escaparão. -- Patriarcas e Profetas, 104. EF 233 4 Venha quando vier, o dia do Senhor virá de improviso aos ímpios. Correndo a vida sua rotina invariável; encontrando-se os homens absortos nos prazeres, negócios, comércio e ambição de ganho; estando os dirigentes do mundo religioso a engrandecer o progresso e ilustração do mundo, e achando-se o povo embalado em uma falsa segurança, então, como o ladrão à meia-noite rouba na casa que não é guardada, sobrevirá repentina destruição aos descuidados e ímpios, e "de nenhum modo escaparão". -- O Grande Conflito, 38. Satanás deduz que terminou o tempo da graça EF 234 1 No tempo de angústia Satanás instiga os ímpios, e eles cercam o povo de Deus para destruí-los. Mas ele não sabe que foi escrito "perdão" ao lado de seus nomes nos livros do Céu. -- The Review and Herald, 19 de Novembro de 1908. EF 234 2 Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. ... Ele vê que santos anjos os estão guardando, e deduz que seus pecados foram perdoados; mas não sabe que seus casos foram decididos no santuário celestial. -- O Grande Conflito, 618. Fome da palavra EF 234 3 Os que não apreciam, estudam e prezam ternamente a Palavra de Deus proferida por Seus servos terão por que lamentar-se amargamente no futuro. Vi que o Senhor, em juízo, andará no fim do tempo pela Terra; as terríveis pragas começarão a cair. Então os que desprezaram a Palavra de Deus, os que a tiveram em pouca conta, "andarão de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão". Amós 8:12. Há na Terra uma fome de ouvir a Palavra. -- Manuscrito 1, 1857. Não mais orações pelos ímpios EF 235 1 Os ministros de Deus terão realizado seu último trabalho, oferecido suas últimas orações, derramado sua última e amarga lágrima por uma igreja rebelde e um povo iníquo. Foi dada sua última e solene advertência. Oh, então, quão depressa casas, terras e dólares que foram ambiciosamente acumulados e acalentados, e firmemente agarrados, seriam dados em troca de alguma consolação pelos que professaram a verdade mas não viveram de acordo com ela, para que fosse explicado o caminho da salvação ou para ouvir uma palavra de esperança ou uma oração ou exortação de seus pastores! Mas não! Eles continuarão sentindo fome e sede inutilmente; sua sede nunca será mitigada; eles não poderão obter nenhuma consolação. Os seus casos estão decididos e resolvidos para sempre. É um tempo terrível e espantoso. -- Manuscrito 1, 1857. EF 235 2 Na ocasião em que os juízos de Deus estiverem caindo sem misericórdia, oh! quão invejável para os ímpios será a posição dos que habitam "no esconderijo do Altíssimo" -- o pavilhão em que o Senhor esconde todos os que O têm amado e obedecido a Seus mandamentos! Em tal tempo como esse, a condição dos justos será realmente invejável aos que estiverem sofrendo por causa de seus pecados. Mas a porta da graça estará fechada para os ímpios. Depois que terminar o tempo da graça não serão mais oferecidas orações em seu favor. -- The S.D.A. Bible Commentary 3:1150. O caráter não pode ser transferido EF 236 1 O Senhor vem com poder e grande glória. Será então o Seu trabalho fazer completa separação entre o justo e o ímpio. Mas o óleo não pode ser transferido para o vaso dos que não o têm. Então se cumprirão as palavras de Cristo: "Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra." "Então, estando dois no campo, será levado um e deixado outro." Os justos e os ímpios devem estar associados no trabalho da vida. Mas o Senhor lê o caráter; Ele discerne quem são os filhos obedientes, que respeitam e amam aos Seus mandamentos. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 234. EF 236 2 Solene coisa é morrer, mas muito mais solene é viver. Todo pensamento e palavra e ato de nossa vida será novamente enfrentado. O que fazemos de nós mesmos no tempo da graça, isso havemos de permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança. -- Testemunhos Seletos 2:167. Outra oportunidade não convenceria os ímpios EF 236 3 Devemos aproveitar ao máximo nossas oportunidades atuais. Não nos será concedido outro tempo de graça em que possamos preparar-nos para o Céu. Esta é nossa única e última oportunidade para formar caracteres que nos habilitem para o futuro lar que o Senhor preparou para todos os que obedecem aos Seus mandamentos. -- Carta 20, 1899. EF 237 1 Não haverá um tempo de graça depois da vinda do Senhor. Os que dizem que haverá, estão enganados e iludidos. Antes que Cristo venha, a situação será semelhante à que existiu antes do Dilúvio. E depois que o Salvador aparecer nas nuvens do Céu, ninguém terá outra oportunidade de obter a salvação. Todos terão feito suas decisões. -- Carta 45, 1891. EF 237 2 Todos serão examinados e julgados de acordo com a luz que tiveram. Os que se desviam da verdade para as fábulas não podem esperar uma segunda oportunidade. Não haverá um milênio temporal. Se, depois que o Espírito Santo trouxe convicção aos seus corações, resistirem à verdade e usarem sua influência para impedir que outros O recebam, eles nunca se convencerão. Não buscaram a transformação do caráter no tempo de graça que lhes foi concedido, e Cristo não lhes dará a oportunidade de passarem outra vez pela mesma situação. A decisão é definitiva. -- Carta 25, 1900. ------------------------Capítulo 17 -- As sete últimas pragas e os ímpios Serão derramadas as taças da ira de Deus EF 238 1 Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra; uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra. -- Mensagens Escolhidas 3:426. EF 238 2 Logo o mundo será abandonado pelo anjo da misericórdia, e as sete últimas pragas estão para ser derramadas. ... Os raios da ira de Deus estão prestes a cair, e quando Ele começar a punir os transgressores, não haverá um período de pausa até ao fim. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 182. As nações em conflito EF 238 3 Quatro poderosos anjos detêm os poderes da Terra até que os servos de Deus sejam selados na fronte. As nações do mundo estão ansiosas por conflitos, mas são refreadas pelos anjos. Quando for removido esse poder moderador, virá um tempo de aflição e angústia. Serão inventados mortíferos artefatos de guerra. Navios com seu carregamento de seres humanos serão sepultados no grande abismo. Todos os que não têm o espírito da verdade se unirão sob a liderança de instrumentalidades satânicas, mas deverão ser mantidos sob controle até que chegue o tempo para a grande batalha do Armagedom. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:967. O mundo inteiro se envolverá em ruína EF 239 1 Anjos acham-se hoje a refrear os ventos das contendas, para que não soprem antes que o mundo haja sido avisado de sua condenação vindoura; mas está-se formando uma tempestade, prestes a irromper sobre a Terra; e, quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá uma cena de lutas que nenhuma pena poderá descrever. -- Educação, 179. EF 239 2 A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei. -- O Grande Conflito, 36. EF 239 3 Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade. -- O Grande Conflito, 614. Deus é justo bem como misericordioso EF 240 1 A glória de Deus é ser misericordioso, cheio de clemência, benignidade, bondade e verdade. Mas a justiça manifestada em punir o pecador é tão verdadeiramente a glória do Senhor como a manifestação de Sua misericórdia. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1904. EF 240 2 O Senhor Deus de Israel executará juízos sobre os deuses deste mundo como aconteceu com os deuses do Egito. Com fogo e inundações, pragas e terremotos, Ele despojará o mundo. Então o Seu povo redimido exaltar-Lhe-á o nome, tornando-o glorioso na Terra. Os que estão vivendo na última parte da história terrestre não se tornarão versados nas lições de Deus? -- Manuscript Releases 10:240-241. EF 240 3 Aquele que tem sido nosso Intercessor; que ouve todas as orações e confissões dos penitentes; que é representado com um arco-íris, o símbolo de graça e amor, por cima da cabeça, em breve cessará Sua obra no santuário celestial. A graça e a misericórdia descerão então do trono, e a justiça tomará o seu lugar. Aquele a quem Seu povo tem esperado assumirá a função a que tem direito -- a de Juiz Supremo. -- The Review and Herald, 1 de Janeiro de 1889. EF 240 4 Em toda a Bíblia, Deus é apresentado não somente como um Ser de misericórdia e benignidade, mas também como um Deus de rigorosa e imparcial justiça. -- The Signs of the Times, 24 de Março de 1881. A certeza dos juízos de Deus EF 240 5 Em nosso tempo, o amor de Deus é retratado como sendo de tal natureza que O impediria de destruir o pecador. Os homens raciocinam de acordo com o seu próprio padrão inferior do direito e da justiça. "Pensavas que Eu era teu igual." Salmos 50:21. Eles avaliam a Deus por si mesmos. Calculam como agiriam em determinadas circunstâncias e decidem que Deus procederá do modo como imaginam que eles fariam. ... EF 241 1 Em nenhum reino ou governo é permitido que os transgressores da lei digam que punição deve ser imposta aos que têm infringido a lei. Tudo o que temos, todas as dádivas de Sua graça que possuímos, nós as devemos a Deus. Assim como não é possível medir o céu a palmos, também não é possível calcular a agravante natureza do pecado contra esse Deus. O Senhor é um governante moral, bem como um Pai. Ele é o Legislador. Faz e executa Suas leis. A lei que não tem penalidades é ineficaz. EF 241 2 Talvez seja feita a alegação de que um Pai amoroso não quereria ver Seus filhos sofrerem o castigo divino pelo fogo enquanto tivesse o poder de livrá-los. Mas Deus, para o bem de Seus súditos e para a segurança deles, punirá o transgressor. Deus não atua no mesmo nível que o homem. Ele pode fazer infinita justiça que o homem não tem o direito de fazer aos semelhantes. Noé teria desagradado a Deus se houvesse afogado um dos escarnecedores e zombadores que o importunavam, mas Deus submergiu o vasto mundo. Ló não teria o direito de impor alguma punição aos genros, mas Deus faria isso com toda a justiça. EF 241 3 Quem dirá que Deus não fará o que Ele diz que irá fazer? -- Manuscript Releases 12:207-209; Manuscript Releases 10:265. Os juízos ocorrem quando Deus retira sua proteção EF 242 1 Foi-me mostrado que os juízos de Deus não viriam sobre eles diretamente da parte do Senhor, mas desta maneira: eles se colocam além de Sua proteção. O Senhor adverte, corrige, repreende e indica o único caminho seguro; então, se os que têm sido objeto de Seu especial cuidado seguirem seu próprio rumo, independentemente do Espírito de Deus; se, depois de reiteradas advertências, resolverem fazer sua própria vontade, Ele não encarregará Seus anjos de impedirem os decididos ataques de Satanás contra eles. EF 242 2 É o poder de Satanás que está em atividade no mar e na terra, causando calamidades e aflições, e arrebatando multidões para manter o domínio sobre sua presa. EF 242 3 Deus usará Seus inimigos como instrumentos para punir os que seguiram seus próprios e perniciosos caminhos, pelos quais a verdade de Deus tem sido deturpada, desfigurada e desonrada. -- The Paulson Collection, 136. EF 242 4 O Espírito de Deus, insultado, rejeitado, injuriado, já está Se retirando da Terra. À medida que o Espírito de Deus Se for afastando, a cruel obra de Satanás se efetuará em terra e mar. -- Manuscrito 134, 1898. EF 242 5 Os ímpios passaram os limites de seu tempo de graça; o Espírito de Deus, persistentemente resistido, foi, por fim, retirado. Desabrigados da graça divina, não têm proteção contra o maligno. -- O Grande Conflito, 614. Às vezes santos anjos exercem poder destrutivo EF 243 1 Os juízos de Deus foram incitados contra Jericó. Ela era uma fortaleza. Mas o Capitão do exército do Senhor, em pessoa, veio do Céu para dirigir os exércitos celestiais num ataque à cidade. Anjos de Deus apoderaram-se dos sólidos muros e os derrubaram. -- Testemunhos para a Igreja 3:264. EF 243 2 Sob a direção divina os anjos são todo-poderosos. Uma ocasião, em obediência à ordem de Cristo mataram numa noite cento e oitenta e cinco mil homens do exército assírio. -- O Desejado de Todas as Nações, 700. EF 243 3 O mesmo anjo que viera dos paços reais para libertar a Pedro, fora o mensageiro da ira e juízo a Herodes. O anjo tocou em Pedro para o despertar do sono; foi com um contato diferente que ele feriu o ímpio rei, derribando seu orgulho e trazendo sobre ele o castigo do Todo-poderoso. Herodes morreu em grande angústia de espírito e corpo, sob o juízo retributivo de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 152. EF 243 4 Um único anjo destruiu todos os primogênitos dos egípcios, enchendo a Terra de pranto. Quando Davi ofendeu a Deus, por contar o povo, um anjo fez aquela terrível destruição pela qual seu pecado foi punido. O mesmo poder destruidor exercido pelos santos anjos quando Deus ordena, será exercido pelos maus quando Ele o permitir. Há agora forças preparadas, e que aguardam apenas o consentimento divino para espalharem a desolação por toda parte. -- O Grande Conflito, 614. As duas primeiras pragas EF 244 1 Quando Cristo cessar de interceder no santuário, será derramada a ira que, sem mistura, se ameaçara fazer cair sobre os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Apocalipse 14:9-10. As pragas que sobrevieram ao Egito quando Deus estava prestes a libertar Israel, eram de caráter semelhante aos juízos mais terríveis e extensos que devem cair sobre o mundo precisamente antes do libertamento final do povo de Deus. Diz o autor do Apocalipse, descrevendo esses tremendos flagelos: "Fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem." O mar "se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente." Apocalipse 16:2-3. -- O Grande Conflito, 627-628. EF 244 2 As pragas estavam caindo sobre os habitantes da Terra. Alguns estavam acusando a Deus e amaldiçoando-O. Outros se precipitavam para o povo de Deus, e pediam que lhes ensinassem como poderiam escapar dos Seus juízos. Mas os santos nada tinham para eles. A última lágrima pelos pecadores tinha sido derramada; oferecida havia sido a última oração aflita; arrostado o último peso de cuidados pelos pecadores, e dada a última advertência. -- Primeiros Escritos, 281. A terceira praga EF 245 1 Vi que os quatro anjos segurariam os quatro ventos até que a obra de Jesus estivesse terminada no santuário, e então viriam as sete últimas pragas. Estas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. Este foi o tempo de angústia de Jacó. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. -- Primeiros Escritos, 36-37. EF 245 2 E os rios e fontes das águas "se tornaram em sangue". Terríveis como são estes castigos, a justiça de Deus é plenamente reivindicada. Declara o anjo de Deus: "Justo és Tu, ó Senhor, ... porque julgastes estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também Tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores." Apocalipse 16:2-6. Condenando o povo de Deus à morte, são tão culpados do crime do derramamento de seu sangue como se este tivesse sido derramado por suas próprias mãos. -- O Grande Conflito, 628. A quarta praga EF 245 3 Na praga que se segue, é dado poder ao Sol para que "abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores". Apocalipse 16:8-9. Os profetas assim descrevem a condição da Terra naquele tempo terrível: "E a Terra [está] triste; ... porque a colheita do campo pereceu." "Todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens." "A semente apodreceu debaixo dos seus torrões, os celeiros foram assolados." "Como geme o gado! as manadas de vacas estão confusas, porque não têm pasto: ... os rios se secaram, e o fogo consumiu os pastos do deserto." Joel 1:10-12, 17-20. "Os cânticos do templo serão gritos de dor naquele dia, diz o Senhor Jeová; muitos serão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio." Amós 8:3. EF 246 1 Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados. Contudo serão os mais terríveis flagelos que já foram conhecidos por mortais. -- O Grande Conflito, 628-629. A quinta praga EF 246 2 Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando, eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. Então o arco-íris, resplandecendo com a glória do trono de Deus, atravessa os céus, e parece cercar cada um dos grupos em oração. As multidões iradas subitamente se detêm. Silenciam seus gritos de mofa. É esquecido o objeto de sua ira sanguinária. Com terríveis pressentimentos contemplam o símbolo da aliança de Deus, anelando pôr-se ao amparo de seu fulgor insuperável. ... EF 246 3 É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. -- O Grande Conflito, 635-636. A lei de Deus aparece no céu EF 247 1 Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. Diz o profeta: "Os céus anunciarão a Sua justiça; pois Deus mesmo é o juiz." Salmos 50:6. Aquela santa lei, a justiça de Deus, que por entre trovões e chamas foi do Sinai proclamada como guia da vida, revela-se agora aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos a podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. -- O Grande Conflito, 639. Os perdidos condenam seus falsos pastores EF 247 2 Membros da igreja que viram a luz e se convenceram, mas confiaram a salvação de sua alma ao pastor, no dia de Deus ficarão sabendo que outra pessoa não pode pagar o resgate por suas transgressões. Haverá um terrível clamor: "Estou perdido, eternamente perdido!" Homens ficarão com vontade de despedaçar os pastores que pregaram falsidades e condenaram a verdade. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1157. EF 247 3 Todos se unem em acumular suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar. Agora, em seu desespero, esses ensinadores confessam perante o mundo sua obra de engano. As multidões estão cheias de furor. "Estamos perdidos!" exclamam; "e vós sois a causa de nossa ruína"; e voltam-se contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis, levantar-se-ão para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo de Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. -- O Grande Conflito, 655-656. EF 248 1 Vemos aí que a igreja -- o santuário do Senhor -- foi a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os anciãos, aqueles a quem Deus dera grande luz, e que haviam ocupado o lugar de depositários dos interesses espirituais do povo, haviam traído o seu depósito. -- Testemunhos Seletos 2:65-66. EF 248 2 A Palavra de Deus é invalidada por falsos pastores. ... Em breve sua obra recairá sobre si mesmos. Então serão testemunhadas as cenas descritas em Apocalipse 18, em que os juízos de Deus cairão sobre a Babilônia mística. -- Manuscrito 60, 1900. A sexta praga EF 248 3 Os espíritos diabólicos sairão aos reis da Terra e ao mundo inteiro, para segurá-los no engano, e forçá-los a se unirem a Satanás em sua última luta contra o governo do Céu. -- O Grande Conflito, 624. EF 249 1 O Espírito de Deus está gradualmente Se retirando do mundo. Satanás também está concentrando as forças do mal, dirigindo-se "aos reis do mundo inteiro", para reuni-los sob o seu estandarte e prepará-los "para a peleja do grande dia do Deus Todo-poderoso". Apocalipse 16:14. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:983. EF 249 2 Após a descrição que João, em Apocalipse 16, faz desse poder operador de milagres, que ajuntará o mundo para o último grande conflito, os símbolos são deixados para trás e a voz da trombeta dá mais uma vez o sonido certo: "Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha." Apocalipse 16:15. Depois de sua transgressão, Adão e Eva estavam nus, pois a vestimenta de luz e proteção se apartara deles. EF 249 3 O mundo terá esquecido a admoestação e as advertências de Deus, como aconteceu com os habitantes do mundo no tempo de Noé, e também com os moradores de Sodoma. Eles acordaram com todos os seus planos e invenções de iniqüidade, mas de repente choveu fogo do céu e consumiu os ímpios habitantes. "Assim será no dia em que o Filho do homem Se manifestar." -- Nos Lugares Celestiais, 17.30; Manuscript Releases 14:96-97. A última grande batalha entre o bem e o mal EF 249 4 Dois grandes poderes opostos são revelados na última grande batalha. De um lado está o Criador do Céu e da Terra. Todos os que se encontram do Seu lado têm o Seu selo. Eles são obedientes a Suas ordens. Do outro lado está o príncipe das trevas, com os que escolheram a apostasia e a rebelião. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:982-983. EF 250 1 Um terrível conflito encontra-se diante de nós. Aproximamo-nos da peleja do grande dia do Deus Todo-poderoso. O que tem estado sob controle será solto. O anjo da misericórdia está dobrando as asas, preparando-se para descer do trono e deixar o mundo sob o domínio de Satanás. Os principados e poderes da Terra estão em acirrada revolta contra o Deus do Céu. Estão cheios de ódio contra os que O servem, e em breve, muito em breve, será travada a última grande batalha entre o bem e o mal. A Terra será o campo de batalha -- o local da peleja e da vitória finais. Aqui, em que por tanto tempo Satanás tem instigado os homens contra Deus, a rebelião será debelada para sempre. -- The Review and Herald, 13 de Maio de 1902. EF 250 2 As batalhas entre os dois exércitos são tão reais como as travadas pelos exércitos deste mundo, e do resultado do conflito espiritual dependem destinos eternos. -- Profetas e Reis, 176. Todo o mundo se concentrará de um lado ou do outro EF 250 3 Todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão. Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos do Céu para dirigir a batalha. -- Mensagens Escolhidas 3:426. EF 251 1 A inimizade de Satanás contra o bem manifestar-se-á cada vez mais, ao conduzir ele em atividade suas forças em sua última obra de rebelião; e toda alma que não esteja inteiramente entregue a Deus e não seja guardada pelo poder divino, fará uma aliança com Satanás contra o Céu e se unirá na batalha contra o Governador do Universo. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 465. EF 251 2 Logo, todos os habitantes da Terra terão tomado partido, ou a favor ou contra o governo do Céu. -- Testemunhos Seletos 3:143. A sétima praga EF 251 3 Precisamos estudar o derramamento da sétima taça. Apocalipse 16:17-21. Os poderes do mal não capitularão no conflito sem uma luta. Mas a Providência Divina tem uma parte a desempenhar na batalha do Armagedom. Quando a Terra for iluminada com a glória do anjo de Apocalipse 18, os elementos religiosos, bons e maus, despertarão do sono, e os exércitos do Deus vivo pôr-se-ão em campo. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:983. EF 251 4 Em breve será travada a batalha do Armagedom. Aquele em cuja vestimenta está escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores, conduz os exércitos do Céu montados em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. Apocalipse 19:11-16. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:982. EF 251 5 A terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanha estão a soçobrar. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. ... As mais orgulhosas cidades da Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em cativeiro por causa de sua fé, é libertado. -- O Grande Conflito, 637. ------------------------Capítulo 18 -- As sete últimas pragas e os justos O grande tempo de angústia começa depois do fim do tempo da graça EF 253 1 Quando Cristo cessar a Sua obra como mediador em prol do homem, então começará este tempo de angústia. Ter-se-á então decidido o caso de toda alma, e não haverá sangue expiatório para purificar do pecado. Ao deixar Jesus Sua posição como intercessor do homem junto a Deus, faz-se o solene anúncio: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda." Apocalipse 22:11. Então o Espírito repressor de Deus é retirado da Terra. -- Patriarcas e Profetas, 201. O povo de Deus acha-se preparado para o difícil futuro EF 253 2 Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a "chuva serôdia", "o refrigério pela presença do Senhor", e acha-se preparado para a hora probante que diante dele está. EF 254 1 No Céu, anjos apressam-se de um lado para o outro. Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos receberam o "selo do Deus vivo". Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial. ... Cristo fez expiação por Seu povo, e apagou os seus pecados. O número de Seus súditos completou-se; "e o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu", estão prestes a ser entregues aos herdeiros da salvação, e Jesus deve reinar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. -- O Grande Conflito, 613-614. Terrível e além da compreensão EF 254 2 O tempo de agonia e angústia que diante de nós está, exigirá uma fé que possa suportar o cansaço, a demora e a fome -- fé que não desfaleça ainda que severamente provada. ... EF 254 3 O "tempo de angústia como nunca houve" está prestes a manifestar-se sobre nós; e necessitaremos de uma experiência que agora não possuímos, e que muitos são demasiado indolentes para obter. Dá-se muitas vezes o caso de se supor maior a angústia do que em realidade o é; não se dá isso, porém, com relação à crise diante de nós. A mais vívida descrição não pode atingir a grandeza daquela prova. -- O Grande Conflito, 621-622. EF 255 1 Quando Jesus deixar o Santíssimo, Seu Espírito refreador será retirado dos dominadores e do povo. Serão deixados ao controle dos anjos maus. Então serão feitas, por conselho e direção de Satanás, leis que se não fosse muito breve o tempo, nenhuma carne se salvaria. -- Testemunhos Seletos 1:74. Muitos serão levados a repousar antes do tempo de angústia EF 255 2 Nem sempre é prudente suplicar cura incondicional. ... Ele sabe se aqueles em favor de quem se fazem petições seriam capazes de suportar a aflição e a prova que sobre eles viriam caso vivessem. Conhece o fim desde o princípio. Muitos serão levados a repousar antes que a prova de fogo do tempo de tribulação venha sobre o nosso mundo. -- Conselhos sobre Saúde, 375. EF 255 3 O Senhor muitas vezes me instruiu de que muitos pequeninos hão de ser removidos antes do tempo de angústia. Havemos de ver de novo nossos filhos. Havemos de encontrar-nos com eles e reconhecê-los nas cortes celestes. -- Mensagens Escolhidas 2:259. O objetivo de Satanás: destruir todos os observadores do Sábado EF 255 4 Diz o grande enganador: ... "Nossa principal preocupação é silenciar esta seita de observadores do sábado. ... Finalmente teremos uma lei para exterminar a todos os que não se submeterem à nossa autoridade." -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 472-473. EF 255 5 É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 37. EF 256 1 A igreja remanescente terá de passar por grande prova e aflição. Aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e de suas hostes. Satanás reputa por súditos seus os habitantes do mundo; adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas eis um pequeno grupo que resiste à sua supremacia. Se ele os pudesse desarraigar da Terra, completo seria seu triunfo. Como influenciava nas nações pagãs para destruírem Israel, assim, num próximo futuro, ele incitará as maléficas potências terrestres para destruir o povo de Deus. -- Serviço Cristão, 157. Argumentos usados contra o povo de Deus EF 256 2 Vi que os quatro anjos segurariam os quatro ventos até que a obra de Jesus estivesse terminada no santuário, e então viriam as sete últimas pragas. Estas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. -- Primeiros Escritos, 36. EF 256 3 Quando o anjo da misericórdia dobrar as asas e for embora, Satanás fará os maus atos que por muito tempo tem desejado realizar. Tormentas e tempestades, guerras e derramamento de sangue -- ele se deleita nessas coisas, efetuando assim a sua colheita. E tão completamente serão os homens enganados por ele, que declararão que essas calamidades constituem o resultado da profanação do primeiro dia da semana. Dos púlpitos das igrejas populares será ouvida a declaração de que o mundo está sendo punido porque o domingo não é honrado como deveria. -- The Review and Herald, 17 de Setembro de 1901. EF 257 1 Insistir-se-á em que os poucos que permanecem em oposição a uma instituição da igreja e lei do Estado, não devem ser tolerados; que é melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade. O mesmo argumento, há mil e oitocentos anos, foi aduzido contra Cristo pelos "príncipes do povo". ... Este argumento parecerá concludente. -- O Grande Conflito, 615. Morte para todos os que não honrarem o domingo EF 257 2 Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes clamassem dia e noite por livramento. -- Primeiros Escritos, 36-37. EF 257 3 Assim como Nabucodonosor, o rei de Babilônia, promulgou um decreto de que todos os que não se prostrassem e adorassem essa imagem seriam mortos, também será feita uma proclamação de que todos os que não reverenciarem a instituição do domingo serão punidos com prisão e morte. ... Leiam todos atentamente o décimo terceiro capítulo do Apocalipse, pois ele tem que ver com todo ser humano, grande ou pequeno. -- Manuscript Releases 14:91. EF 257 4 Está prestes a sobrevir ao povo de Deus o tempo de angústia. Então é que sairá o decreto que proíbe aos que guardam o sábado do Senhor, comprar ou vender, ameaçando-os de punição, e mesmo de morte, se não observarem como dia de descanso o primeiro dia da semana. -- Nos Lugares Celestiais, 344. EF 257 5 Os poderes da Terra, unindo-se para combater os mandamentos de Deus, decretarão que todos, "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apocalipse 13:16), se conformem aos costumes da igreja, pela observância do falso sábado. Todos os que se recusarem a conformar-se serão castigados pelas leis civis, e declarar-se-á finalmente serem merecedores de morte. -- O Grande Conflito, 604. EF 258 1 A ira do homem será especialmente despertada contra os que santificam o sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal denunciará a estes como dignos de morte. -- Profetas e Reis, 512. Decreto de morte semelhante ao que foi promulgado por assuero EF 258 2 O decreto que finalmente sairá contra o remanescente povo de Deus será muito semelhante ao que Assuero promulgou contra os judeus. Hoje os inimigos da verdadeira igreja vêem no pequeno grupo de guardadores do sábado, um Mardoqueu à porta. A reverência do povo de Deus por Sua lei, é uma constante repreensão aos que têm deixado o temor do Senhor, e estão pisando o Seu sábado. -- Profetas e Reis, 605. EF 258 3 Vi então os principais homens da Terra consultando entre si, e Satanás e seus anjos ocupados em redor deles. Vi um escrito, exemplares do qual foram espalhados nas diferentes partes da Terra, dando ordens para que se concedesse ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matar os santos, a menos que estes renunciassem sua fé peculiar, abandonassem o sábado e guardassem o primeiro dia da semana. -- Primeiros Escritos, 282. EF 259 1 Se o povo de Deus puser a confiança nEle, e pela fé se apegar ao Seu poder, os ardis de Satanás serão frustrados tão evidentemente em nosso tempo como nos dias de Mardoqueu. -- The Signs of the Times, 22 de Fevereiro de 1910. Os remanescentes fazem de Deus a sua defesa EF 259 2 "E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos de Teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro." Daniel 12:1. Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. EF 259 3 Estes poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pela hoste do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito? -- Testemunhos Seletos 2:67-68. O povo de Deus foge das cidades; muitos encarcerados EF 259 4 Quando o decreto promulgado pelos vários governantes da cristandade contra os observadores dos mandamentos lhes retirar a proteção do governo, abandonando-os aos que lhes desejam a destruição, o povo de Deus fugirá das cidades e vilas e reunir-se-á em grupos, habitando nos lugares mais desertos e solitários. Muitos encontrarão refúgio na fortaleza das montanhas. ... Muitos, porém, de todas as nações, e de todas as classes, elevadas e humildes, ricos e pobres, pretos e brancos, serão arrojados na escravidão mais injusta e cruel. Os amados de Deus passarão dias penosos, presos em correntes, retidos pelas barras da prisão, sentenciados à morte, deixados alguns aparentemente para morrer à fome nos escuros e fétidos calabouços. -- O Grande Conflito, 626. EF 260 1 Posto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros. -- O Grande Conflito, 631. EF 260 2 O povo de Deus, nesse tempo, não está todo ele num só lugar. Eles se encontram em grupos diferentes e em todas as partes da Terra; e serão provados individualmente, não em grupos. Cada um terá de resistir à prova por si mesmo. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1143. EF 260 3 A fé dos membros individuais da igreja será provada como se não houvesse outra pessoa no mundo. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:983. Casas e terras não terão utilidade EF 261 1 Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois terão de fugir diante de turbas enfurecidas, e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o avançamento da causa da verdade presente. ... EF 261 2 Vi que se alguém se apegar a sua propriedade e não inquirir do Senhor quanto ao seu dever, Ele não fará conhecido esse dever, sendo-lhes permitido conservar sua propriedade, e no tempo da angústia isto virá sobre eles como uma montanha para esmagá-los, e eles procurarão dispor dela, mas não será possível. ... Mas se desejassem ser ensinados, Ele os ensinaria, em tempo de necessidade, quando vender e quanto vender. -- Primeiros Escritos, 56-57. EF 261 3 Agora é demasiado tarde para apegar-se a tesouros terrenos. Em breve, casas e terrenos desnecessários não terão nenhum proveito para quem quer que seja, pois a maldição de Deus recairá cada vez mais intensamente sobre a Terra. É feito o apelo: "Vendei os vossos bens e dai esmola." Nos Lugares Celestiais, 12.33. Esta mensagem deve ser transmitida fielmente -- inculcada ao coração das pessoas -- para que a propriedade de Deus retorne a Ele em oferendas para o avanço de Sua obra no mundo. -- Manuscript Releases 16:348. Como o tempo da angústia de Jacó EF 261 4 Expedir-se-á, por fim, um decreto contra os que santificam o sábado do quarto mandamento, denunciando-os como merecedores do mais severo castigo, e dando ao povo liberdade para, depois de certo tempo, matá-los. O romanismo no Velho Mundo, o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos. O povo de Deus será então imerso naquelas cenas de aflição e angústia descritas pelo profeta como o tempo de angústia de Jacó. -- O Grande Conflito, 615-616. EF 262 1 Aos olhos humanos, parecerá, todavia, que o povo de Deus logo deverá selar seu testemunho com seu sangue, assim como fizeram os mártires antes deles. Eles mesmos começam a recear que o Senhor os abandonou para sucumbirem às mãos de seus inimigos. É um tempo de terrível agonia. Dia e noite clamam a Deus rogando livramento. ... Semelhantes a Jacó, todos estão a lutar com Deus. Seu semblante exprime sua luta íntima. A palidez repousa em cada rosto. Não cessam, porém, de orar fervorosamente. -- O Grande Conflito, 630. EF 262 2 A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo. O profeta Jeremias, em santa visão, olhando para este tempo, disse: "Ouvimos uma voz de tremor, de temor mas não de paz. ... Por que se têm tornado macilentos todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó; ele porém será livrado dela." Jeremias 30:5-7. -- Patriarcas e Profetas, 201. Os justos não têm faltas ocultas para revelar EF 263 1 No tempo de angústia, se o povo de Deus tivesse pecados não confessados que surgissem diante deles enquanto torturados pelo temor e angústia, seriam vencidos; o desespero suprimir-lhes-ia a fé, e não poderiam ter confiança para suplicar de Deus o livramento. Mas, ao mesmo tempo em que têm uma profunda intuição de sua indignidade, não possuem falta oculta para revelar. Seus pecados foram examinados e extinguidos no juízo; não os podem trazer à lembrança. -- O Grande Conflito, 620. EF 263 2 O povo de Deus... terão uma intuição profunda de seus malogros; e, ao reverem a vida, soçobrar-lhes-ão as esperanças. Lembrando-se, porém, da grandeza da misericórdia de Deus, e de seu próprio arrependimento sincero, alegarão Suas promessas feitas por meio de Cristo aos pecadores desamparados e arrependidos. Sua fé não faltará por não serem suas orações respondidas imediatamente. Apoderar-se-ão da força de Deus, assim como Jacó lançou mão do Anjo; e a expressão de sua alma será: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." -- Patriarcas e Profetas, 202. Os santos não perderão a vida EF 263 3 Deus não consentiria que os ímpios destruíssem aqueles que estavam esperando pela sua trasladação, e que se não encurvariam ao decreto da besta nem receberiam o seu sinal. Vi, que, se fosse permitido aos ímpios matar aos santos, Satanás e todo seu exército maléfico, e todos os que odeiam a Deus, ficariam satisfeitos. E, oh! que triunfo seria para sua majestade satânica ter poder, na última luta finalizadora, sobre os que por tanto tempo haviam esperado ver Aquele a quem amaram! Aqueles que haviam zombado da idéia de os santos ascenderem para o Céu, serão testemunhas do cuidado de Deus para com o Seu povo, e contemplarão seu glorioso livramento. -- Primeiros Escritos, 284. EF 264 1 O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer. -- O Grande Conflito, 629. EF 264 2 Se o sangue das fiéis testemunhas de Cristo fosse derramado nessa ocasião, não seria como o sangue dos mártires, qual semente lançada a fim de produzir uma messe para Deus. -- O Grande Conflito, 264. Deus proverá EF 264 3 O Senhor tem-me mostrado repetidamente que é contrário à Bíblia fazer qualquer provisão para o tempo de angústia. Vi que se os santos tivessem alimento acumulado por eles no campo no tempo de angústia, quando a espada, a fome e pestilência estão na Terra, seria tomado deles por mãos violentas e estranhos ceifariam os seus campos. EF 264 4 Será para nós então tempo de confiar inteiramente em Deus, e Ele nos sustentará. Vi que nosso pão e nossa água serão certos nesse tempo, e que não teremos falta nem padeceremos fome, pois Deus é capaz de estender para nós uma mesa no deserto. Se necessário Ele enviaria corvos para alimentar-nos, como fez com Elias, ou faria chover maná do céu, como fez para os israelitas. -- Primeiros Escritos, 56. EF 265 1 Vi que havia um tempo de angústia diante de nós, em que premente necessidade compelirá o povo de Deus a viver de pão e água. ... No tempo de angústia ninguém se afadigará com as mãos. Seus sofrimentos serão mentais, e Deus proverá alimento para eles. -- Manuscrito 2, 1858. EF 265 2 O tempo de angústia está precisamente diante de nós, e então premente necessidade requererá que o povo de Deus negue o próprio eu e coma meramente o suficiente para manter a vida, mas Deus nos preparará para esse tempo. Nessa terrível ocasião, nossa necessidade será a oportunidade de Deus para comunicar Seu poder fortalecedor e amparar Seu povo. -- Testemunhos para a Igreja 1:206. EF 265 3 Pão e água é tudo o que foi prometido aos remanescentes no tempo de angústia. -- História da Redenção, 129. EF 265 4 No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados pelo ministério de anjos celestiais. -- Patriarcas e Profetas, 256. Nenhum intercessor, mas constante comunhão com Cristo EF 265 5 Cristo fez expiação por Seu povo, e apagou os seus pecados. O número de Seus súditos completou-se. ... EF 265 6 Deixando Ele o santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. -- O Grande Conflito, 613-614. EF 266 1 Esquecer-Se-á o Senhor de Seu povo nesta hora de provação? ... Ainda que os inimigos os lancem nas prisões, as paredes do calabouço não podem interceptar a comunicação entre sua alma e Cristo. Aquele que vê todas as suas fraquezas, e sabe de toda provação, está acima de todo o prazer terrestre; e anjos virão a eles nas celas solitárias, trazendo luz e paz do Céu. A prisão será como palácio; pois os ricos na fé morarão ali, e as paredes sombrias serão iluminadas com a luz celestial, como quando Paulo e Silas, à meia-noite, oraram e cantaram louvores na masmorra de Filipos. -- O Grande Conflito, 626-627. EF 266 2 Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, estacionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. Com ternura compassiva, os anjos têm testemunhado sua angústia e ouvido suas orações. Estão à espera da ordem de seu Comandante para os arrancar do perigo. ... O precioso Salvador enviará auxílio exatamente quando dele necessitarmos. -- O Grande Conflito, 630-633. EF 266 3 É impossível dar uma idéia da experiência do povo de Deus que há de viver na Terra quando se misturarem a glória celeste e a repetição das perseguições do passado. Eles andarão à luz que procede do trono de Deus. Por meio dos anjos haverá constante comunicação entre o Céu e a Terra. ... EF 267 1 Em meio ao tempo de angústia que está para vir -- tempo de angústia qual nunca houve desde que existe nação -- o povo escolhido de Deus ficará inabalável. Satanás e sua hoste não os poderá destruir; pois anjos magníficos em poder protegê-los-ão. -- Testemunhos Seletos 3:284-285. O povo de Deus não acaricia desejos pecaminosos EF 267 2 Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim." João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de angústia. -- O Grande Conflito, 623. A batalha contra o próprio eu continua EF 267 3 Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: "Alcancei tudo completamente." A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda. -- Atos dos Apóstolos, 560-561. EF 268 1 Tem de se manter constante guerra contra a mente carnal; e temos de ser ajudados pela enobrecedora influência da graça de Deus, que atrairá a mente para cima, habilitando-a a meditar sobre coisas puras e santas. -- Mente, Caráter e Personalidade ?:74. EF 268 2 Podemos criar um mundo irreal em nossa própria mente ou conceber uma igreja ideal, em que as tentações de Satanás não mais induzam ao mal; mas a perfeição só existe em nossa imaginação. -- The Review and Herald, 8 de Agosto de 1893. EF 268 3 Quando os seres humanos receberem carne santa, não permanecerão na Terra, mas serão levados ao Céu. Se bem que o pecado seja perdoado nesta vida, seus resultados não são agora inteiramente removidos. É por ocasião de Sua vinda que Cristo deve transformar "nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso". -- Mensagens Escolhidas 2:33. Os 144.000 EF 268 4 Cantavam um "cântico novo" diante do trono -- cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro -- hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência -- e nunca ninguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." Apocalipse 14:1-5. "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apocalipse 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação" (Apocalipse 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. -- O Grande Conflito, 648-649. EF 269 1 Não é Sua vontade que eles se metam em discussões acerca de questões que os não ajudam espiritualmente, tais como: Que pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil? Isto, aqueles que forem os eleitos de Deus hão de sem dúvida, saber em breve. -- Mensagens Escolhidas 1:174. O povo de Deus é libertado EF 269 2 As hostes de Satanás e homens ímpios os rodearão, e exultarão sobre eles, pois parecerá não haver escape para eles. Em meio, porém, de sua orgia e triunfo, ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegreceram, sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar Sua voz desde Sua santa habitação. EF 269 3 Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios vacilam e caem com terrível fragor. O mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes murmúrios, dizem uns aos outros: "Somos libertados. É a voz de Deus." -- Testemunhos Seletos 1:131-132. EF 269 4 Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por completo a voz de dissentimento e reprovação. EF 270 1 O povo de Deus -- alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas -- pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte. ... Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando, eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. ... EF 270 2 É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. ... Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: "Está feito." Apocalipse 16:17. Essa voz abala os céus e a Terra. ... EF 270 3 As mais orgulhosas cidades da Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em cativeiro por causa de sua fé, é libertado. -- O Grande Conflito, 635-637. ------------------------Capítulo 19 -- A volta de Cristo A sétima praga e a ressurreição especial EF 271 1 Há um grande terremoto "como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto". Apocalipse 16:18. O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. ... A terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a soçobrar. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. ... Grandes pedras de saraiva, cada um "do peso de um talento", estão a fazer sua obra de destruição. Apocalipse 16:19-21. ... EF 271 2 Abrem-se sepulturas, e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Daniel 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados, para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. "Os mesmos que O traspassaram" (Apocalipse 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes. -- O Grande Conflito, 636-637. Deus anuncia o tempo da vinda de Cristo EF 272 1 Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. -- Primeiros Escritos, 41. EF 272 2 Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas águas, a qual anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. -- Primeiros Escritos, 15. EF 272 3 Falando Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e declarando o concerto eterno com o Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava, enquanto as palavras estavam a repercutir pela Terra. O Israel de Deus permanecia com os olhos fixos para cima, ouvindo as palavras enquanto elas vinham da boca de Jeová e ressoavam pela Terra como estrondos do mais forte trovão. Era terrivelmente solene. No fim de cada sentença os anjos aclamavam: "Glória! Aleluia!" O rosto deles iluminava-se com a glória de Deus, e resplandeciam de glória como fazia o de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podiam olhar para eles por causa da glória. E, quando a interminável bênção foi pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus santificando o Seu sábado, houve uma grande aclamação de vitória sobre a besta e sua imagem. -- Primeiros Escritos, 285-286. EF 273 1 Não tenho o mais leve conhecimento quanto ao tempo anunciado pela voz de Deus. Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão. Cenas de tal emoção, solene interesse, passaram por mim de maneira que linguagem alguma é capaz de descrever. Foi tudo viva realidade para mim, pois logo a seguir a ela, apareceu a grande nuvem branca, sobre a qual estava assentado o Filho do homem. -- Mensagens Escolhidas 1:76. O terror dos perdidos EF 273 2 Quando a Terra cambalear como um ébrio, quando os céus se abalarem, e tiver vindo o grande dia do Senhor, quem subsistirá? Uma cena eles contemplarão com tremor e agonia, e da qual em vão procurarão escapar: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá." Apocalipse 1:7. Os perdidos pronunciarão vociferantes imprecações à muda Natureza -- seu deus: Montanhas e rochedos "caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono". Apocalipse 6:16. -- Para Conhecê-lo, 357. EF 273 3 Quando a voz de Deus põe fim ao cativeiro de Seu povo, há um terrível despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida. ... Os ganhos de uma vida inteira foram em um momento varridos. Os ricos lastimam a destruição de suas soberbas casas, a dispersão de seu ouro e prata. ... Os ímpios estão cheios de pesar, não por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se arrependem de sua impiedade. -- O Grande Conflito, 654. Jesus desce com poder e glória EF 274 1 Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. ... EF 274 2 Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes -- milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. ... EF 274 3 O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. -- O Grande Conflito, 640-642. A reação dos que o traspassaram EF 275 1 Os que desempenharam a parte mais saliente na rejeição e crucifixão de Cristo ressuscitam para vê-Lo como Ele é, e os que rejeitaram a Cristo ressurgem e vêem os santos glorificados, e é nessa ocasião que os santos são transformados num momento, num abrir e fechar d'olhos, e são arrebatados para o encontro com o seu Senhor nos ares. Os mesmos que puseram nEle o manto de púrpura e Lhe colocaram sobre a fronte a coroa de espinhos, e os que Lhe perfuraram as mãos e os pés com os cravos, olham para Ele e pranteiam. -- Manuscript Releases 9:252. EF 275 2 Lembram como Seu amor foi menosprezado e como se abusou de Sua compaixão. Pensam em como Barrabás, um assassino e salteador, foi escolhido em Seu lugar, como Jesus foi coroado com espinhos, açoitado e crucificado, como nas horas de Sua agonia sobre a cruz os sacerdotes e maiorais escarneceram dEle, dizendo: "Desça da cruz, e creremos nEle. Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-Se." Todos os insultos e afrontas a Cristo, todo o sofrimento causado a Seus discípulos, estarão tão vívidos na memória deles como quando foram praticados os atos satânicos. EF 275 3 A voz que eles ouviram tantas vezes em rogos e persuasões, lhes soará novamente nos ouvidos. Todo som de afável solicitação vibrará tão distintamente em seus ouvidos como quando o Salvador falou nas sinagogas e nas ruas. Então os que O traspassaram clamarão às rochas e montanhas para que caiam sobre eles e os escondam da face dAquele que Se assenta no trono, e da ira do Cordeiro. -- Carta 131, 1900. "Despertai, vós que dormis, levantai-vos!" EF 276 1 As nuvens começam a enrolar-se como um pergaminho e eis ali o brilhante e claro sinal do Filho do homem. Os filhos de Deus sabem o que essa nuvem significa. Ouvem-se sons musicais, e, à medida que se aproximam, abrem-se as sepulturas e os mortos são ressuscitados. -- Manuscript Releases 9:251-252. EF 276 2 "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão." João 5:28-29. Essa voz ressoará em breve por todas as hostes dos mortos, e todo santo que dorme em Jesus despertará e deixará sua prisão. -- Manuscrito 137, 1897. EF 276 3 Os preciosos mortos, desde Adão aos últimos santos que morrerem, hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e sairão dos sepulcros para a vida imortal. -- O Desejado de Todas as Nações, 606. EF 276 4 Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: "Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!" Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte vêm eles, revestidos de glória imortal, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória. -- O Grande Conflito, 644. De cavernas, covas e calabouços EF 277 1 Nas fortalezas das montanhas, nas cavernas e brenhas da Terra, o Senhor revelará Sua presença e Sua glória. EF 277 2 Mais um poucochinho, e O que há de vir virá, e não tardará. Seus olhos, qual chama de fogo, penetram nos aferrolhados calabouços e buscam os ali escondidos, pois seus nomes estão escritos no livro da vida, do Cordeiro. Esses olhos do Salvador estão acima de nós, em nosso redor, observando toda dificuldade, discernindo todo perigo; e não há lugar onde Seus olhos não possam penetrar, nenhuma tristeza e sofrimento de Seu povo onde não chegue a simpatia de Cristo. EF 277 3 O filho de Deus ficará tomado de terror à primeira vista da majestade de Jesus Cristo. Sente que não pode viver em Sua santa presença. Mas, como a João, vem-lhe a palavra: "Não temas!" Jesus colocou a mão direita sobre João e ergueu-o de sua posição prostrada. O mesmo fará a Seus filhos leais e confiantes. -- Para Conhecê-lo, 361. EF 277 4 Os herdeiros de Deus vieram das águas-furtadas, das choças, dos calabouços, dos cadafalsos, das montanhas, dos desertos, das covas da Terra, das cavernas do mar. -- O Grande Conflito, 650. Das profundezas do oceano e de minas e montanhas EF 277 5 Quando Cristo vier reunir para Si os que foram fiéis, soará a última trombeta, e toda a Terra, dos cumes das mais altas montanhas aos mais baixos recantos das minas mais profundas, a ouvirá. Os justos mortos ouvirão o som da última trombeta e sairão de suas sepulturas, para ser revestidos da imortalidade e encontrar-se com o seu Senhor. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:909. EF 278 1 Demoro-me com prazer sobre a ressurreição dos justos, os quais sairão de todas as partes da Terra, de cavernas rochosas, de calabouços, das covas da Terra, das águas do mar. Ninguém é passado por alto. Todos ouvirão Sua voz. Eles sairão com regozijo e vitória. -- Carta 113, 1886. EF 278 2 Que cena apresentarão estas montanhas e colinas [na Suíça] quando Cristo, o Doador da vida, despertar os mortos! Eles virão de cavernas, de calabouços, de fundos poços, em que seus corpos foram sepultados. -- Carta 97, 1886. Os ímpios são mortos EF 278 3 Na desvairada contenda de suas próprias e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da ira de Deus sem mistura, sucumbem os ímpios habitantes da Terra -- sacerdotes, governadores e povo, ricos e pobres, elevados e baixos. "E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra; não serão pranteados nem recolhidos, nem sepultados." Jeremias 25:33. EF 278 4 Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores. -- O Grande Conflito, 657. EF 279 1 Para o pecado, onde quer que se encontre, "nosso Deus é um fogo consumidor". O Espírito de Deus consumirá pecado em todos quantos se submeterem a Seu poder. Se os homens, porém, se apegarem ao pecado, ficarão com ele identificados. Então a glória de Deus, que destrói o pecado, tem que destruí-los. -- O Desejado de Todas as Nações, 107. EF 279 2 A glória de Seu rosto, que para os justos é vida, será para os ímpios um fogo consumidor. -- O Desejado de Todas as Nações, 600. A destruição dos ímpios -- Um ato de misericórdia EF 279 3 Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus, ser subitamente transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali sempre existe, estando toda alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem o Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus. -- O Grande Conflito, 542-543. Rumo ao lar! EF 280 1 Os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos". À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar com seu Senhor nos ares. Os anjos "ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus". Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. -- O Grande Conflito, 645. EF 280 2 Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro. -- Primeiros Escritos, 16. EF 280 3 E ao avançar o carro, as rodas clamavam: "Santo", e as asas, ao se moverem, clamavam, "Santo", e o séquito e santos anjos ao redor da nuvem clamavam: "Santo, santo, santo é o Senhor Deus o Todo-poderoso!" E os santos na nuvem clamavam: "Glória, aleluia!" -- Primeiros Escritos, 35. EF 280 4 Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão-somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: "Rumo ao lar!" -- Testemunhos Seletos 3:257. Os anjos cantam: Cristo venceu! EF 281 1 Nesse dia os remidos resplandecerão com o resplendor do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestes, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. -- Testemunhos Seletos 3:432. EF 281 2 Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para "o gozo do teu Senhor". O gozo do Salvador consiste em ver, no reino de glória, as almas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. -- O Grande Conflito, 647. EF 281 3 Nos resultados de Sua obra, Cristo contemplará Sua recompensa. Naquela grande multidão que ninguém pode contar, apresentada como "irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória", Aquele cujo sangue nos redimiu e cuja vida nos ensinou, verá o "trabalho da Sua alma" e "ficará satisfeito". -- Educação, 309. Os santos recebem coroas e harpas EF 281 4 Vi então um grandíssimo número de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas, sendo uma para cada santo, com seu nome escrito na mesma. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Sua própria destra o adorável Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. -- Primeiros Escritos, 288. EF 282 1 Sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa. -- Primeiros Escritos, 16. EF 282 2 A coroa da vida será brilhante ou fosca, cintilará com muitas estrelas ou será Abrilhantada por poucas pedras preciosas, de acordo com o nosso próprio procedimento. -- The S.D.A. Bible Commentary 6:1105. EF 282 3 Não haverá ninguém salvo no Céu com uma coroa sem estrelas. Se entrardes ali, haverá alguma pessoa nas cortes da glória que encontrou entrada ali por vosso intermédio. -- The Signs of the Times, 6 de Junho de 1892. EF 282 4 Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. As fileiras esplendentes são dispostas em forma de um quadrado aberto ao centro, em redor de seu Rei. ... Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Sua própria destra põe a coroa de glória. ... Em cada mão são colocadas a palma do vencedor e a harpa resplandecente. Então, ao desferirem as notas os anjos dirigentes, todas as mãos deslizam com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e melodiosos acordes. ... Diante da multidão de resgatados está a santa cidade. Jesus abre amplamente as portas de pérolas, e as nações que observaram a verdade, entram. -- O Grande Conflito, 645-646. ------------------------Capítulo 20 -- A herança dos santos Uma dádiva do Senhor EF 283 1 Cristo, só Cristo e Sua justiça, obterão para nós um passaporte ao Céu. -- Carta 6b, 1890. EF 283 2 O coração orgulhoso esforça-se por alcançar a salvação; mas tanto o nosso título ao Céu, como nossa adequação para ele, encontram-se na justiça de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 300. EF 283 3 Para fazermos parte da família celestial, [Cristo] tornou-Se membro da família humana. -- O Desejado de Todas as Nações, 638. EF 283 4 Melhor do que um título para o mais nobre palácio da Terra é o título para as mansões que nosso Senhor foi preparar. E melhor que todas as palavras de louvor terreno, serão as do Salvador aos servos fiéis: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." -- Parábolas de Jesus, 374. Por que devemos pensar no mundo futuro EF 284 1 Jesus tem exposto o Céu e apresenta sua glória ao nosso olhar para que a eternidade não seja omitida de nossas cogitações. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1895. EF 284 2 Tendo em vista as realidades eternas, cultivaremos habitualmente pensamentos da presença de Deus. Isto será um escudo contra a incursão do inimigo; dará força e certeza, e elevará a alma acima do temor. Respirando a atmosfera celeste, não absorveremos o ar viciado do mundo. ... EF 284 3 Jesus vem apresentar as vantagens e bela imagem do celestial, para que as atrações do Céu se tornem familiares aos pensamentos, e o salão da memória seja guarnecido de quadros de beleza celeste e eterna. ... EF 284 4 O Grande Mestre dá ao homem uma visão do mundo futuro. Trá-lo, com seus atraentes bens, ao alcance da vista. ... Se Ele pode fixar a mente na vida futura e suas bem-aventuranças, em comparação com os interesses temporais deste mundo, o chocante contraste fica profundamente gravado no espírito, absorvendo o coração e alma e todo o ser. -- Nossa Alta Vocação, 285-286. Os motivos do cristão EF 285 1 Motivos mais fortes e instrumentos mais poderosos não poderiam jamais ser postos em operação; as maravilhosas recompensas de fazer o bem, o gozo do Céu, a sociedade dos anjos, a comunhão e o amor de Deus e Seu Filho, o enobrecimento e dilatação de todas as nossas faculdades através dos séculos da eternidade -- acaso não são, estes, poderosos incentivos e encorajamentos para nos impelir a consagrar ao nosso Criador e Redentor os mais amantes serviços do coração? -- Caminho a Cristo, 21. EF 285 2 Se pudermos encontrar-nos com Jesus em paz e ser salvos, salvos para sempre, seremos os seres mais felizes. Oh! estar finalmente no lar em que os ímpios deixam de perturbar e os cansados estão em paz! -- Carta 113, 1886. EF 285 3 Gosto de ver tudo que é belo na Natureza, neste mundo. Penso que estaria plenamente satisfeita com a Terra, cercada das boas coisas de Deus, se ela não estivesse desfigurada pela maldição do pecado. Mas teremos novos céus e nova Terra. João viu isso em santa visão e disse: "Então ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles." Apocalipse 21:3. Oh, bendita esperança, gloriosa perspectiva! -- Carta 62, 1886. Um lugar real e tangível EF 285 4 Que fonte de alegria para os discípulos foi saber que tinham tal Amigo no Céu para interceder em seu favor! Por meio da visível ascensão de Cristo foram alterados todos os seus conceitos e expectativas do Céu. Anteriormente, seus pensamentos se haviam demorado nele como uma região de espaço ilimitado, habitada por espíritos sem substância. Agora o Céu estava relacionado com o conceito de Jesus, a quem haviam amado e reverenciado mais do que todos os outros, com quem haviam conversado e viajado, em quem haviam tocado, até mesmo no Seu corpo ressuscitado. ... EF 286 1 O Céu não podia mais parecer-lhes um espaço indefinido e incompreensível, repleto de espíritos intangíveis. Consideravam-no agora como seu futuro lar, em que seu amoroso Redentor estava preparando mansões para eles. -- Spirit of Prophecy, 3:262. EF 286 2 Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiado material tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo afirmou a Seus discípulos haver ido preparar moradas para eles na casa de Seu Pai. -- O Grande Conflito, 674-675. EF 286 3 Na Terra renovada, os redimidos empenhar-se-ão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edênica, a vida no jardim e no campo. -- Profetas e Reis, 730-731. Glória indescritível EF 286 4 Vi a extraordinária amabilidade e glória de Jesus. Seu semblante era mais brilhante do que o Sol ao meio-dia. Seu manto era mais alvo do que o branco mais claro. Como posso ... descrever-vos as glórias do Céu e os belos anjos cantando e tocando suas harpas de dez cordas? -- Carta 3, 1851. EF 287 1 As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh! se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do mundo melhor. -- Primeiros Escritos, 19. EF 287 2 A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fico inteiramente absorta. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, deponho a pena e exclamo: "Oh, que amor! que amor maravilhoso!" A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu, ou as profundidades incomparáveis do amor de um Salvador. -- Primeiros Escritos, 289. EF 287 3 A linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplarem. Nenhum espírito finito pode compreender a glória do Paraíso de Deus. -- O Grande Conflito, 675. EF 287 4 Se pudéssemos ter mesmo que uma só visão da cidade celestial, nunca mais desejaríamos morar outra vez na Terra. -- The Signs of the Times, 8 de Abril de 1889. Cursos de água, colinas e árvores EF 287 5 Ali vimos a árvore da vida e o trono de Deus. Do trono provinha um rio puro de água, e de cada lado do rio estava a árvore da vida. De um lado do rio havia um tronco da árvore, e do outro lado outro, ambos de ouro puro e transparente. A princípio pensei que via duas árvores. Olhei outra vez e vi que elas se uniam em cima numa só árvore. Assim estava a árvore da vida em ambos os lados do rio da vida. Seus ramos curvavam-se até o lugar em que nos achávamos, e seu fruto era esplêndido; tinha o aspecto de ouro, de mistura com prata. -- Primeiros Escritos, 17. EF 288 1 Existem torrentes sempre a fruir, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar. -- O Grande Conflito, 675. Flores, frutos e animais EF 288 2 Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores; e, quando as apanhei, exclamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam. EF 288 3 Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso; os ramos da árvores agitavam-se de um para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos nos bosques." Atravessamos os bosques, pois estávamos a caminho do Monte Sião. ... EF 289 1 [Estava] sobre o monte um belo templo. ... Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espécies de árvores; o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira, curvada ao peso de seus figos maduros, embelezavam aquele local. ... EF 289 2 E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo nossos olhares podiam alcançá-la toda. Vi o fruto da árvore da vida, o maná, amêndoas, figos, romãs, uvas e muitas outras espécies de frutas. Pedi a Jesus que me deixasse comer do fruto. -- Primeiros Escritos, 18-19. O vigor de eterna mocidade EF 289 3 Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. Apresenta assinalado contraste com o povo das gerações posteriores; sob este único ponto de vista se revela a grande degeneração da raça. Todos, porém, surgem com a louçania e vigor de eterna mocidade. ... Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto tempo perdido, os remidos crescerão (Malaquias 4:2) até à estatura completa da raça em sua glória primitiva. -- O Grande Conflito, 644-645. EF 289 4 Se Adão, ao ser criado, não houvesse sido dotado de vinte vezes maior força vital do que os homens possuem agora, a humanidade, com seus presentes métodos de vida que constituem uma violação da lei natural, já estaria extinta. -- Fundamentos da Educação Cristã, 23. EF 290 1 Ninguém necessitará ou desejará repouso. Não haverá cansaço em fazer a vontade de Deus e oferecer louvor a Seu nome. Sempre sentiremos a frescura da manhã, e sempre estaremos longe de seu termo. ... A aquisição de conhecimentos não cansará o espírito nem esgotará as energias. -- O Grande Conflito, 676-677. EF 290 2 O Céu é todo saúde. -- Testemunhos Seletos 1:179. Felicidade assegurada EF 290 3 Jesus ergueu o véu da vida futura. "Na ressurreição", disse Ele, "nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no Céu." Mateus 22:30. -- O Desejado de Todas as Nações, 605. EF 290 4 Homens há, hoje em dia, que exprimem sua crença em que haverá casamentos e nascimentos na Nova Terra; aqueles, porém, que acreditam nas Escrituras, não podem aceitar tais doutrinas. A doutrina de que nasçam crianças na Nova Terra não é parte da "firme palavra da profecia". ... EF 290 5 É presunção condescender com suposições e teorias quanto a temas que Deus não nos deu a conhecer em Sua Palavra. Não necessitamos entrar em especulação relativamente ao nosso estado futuro. -- Mensagens Escolhidas 1:172-173. EF 290 6 Os obreiros de Deus não devem gastar tempo especulando quanto às condições que hão de reinar na Nova Terra. É presunção ocupar-se com suposições e teorias relativamente a assuntos que o Senhor não revelou. Ele tem tomado todas as providências para nossa felicidade na vida futura, e não nos compete especular quanto a Seus planos a nosso respeito. Nem devemos calcular as condições da vida futura pelas desta vida. -- Obreiros Evangélicos, 314. É preservada a identidade dos remidos EF 291 1 A ressurreição de Cristo era um símbolo da final ressurreição de todos quantos nEle dormem. O semblante do Salvador ressuscitado, Sua maneira, Sua linguagem, tudo era familiar aos discípulos. Como Jesus ressurgiu dos mortos, assim hão de ressuscitar os que nEle dormem. Reconheceremos os nossos amigos, da mesma maneira que os discípulos a Jesus. Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado, será perfeitamente mantida a identidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 804. EF 291 2 Ressurgirá a mesma forma, mas estará livre de doenças e de todo defeito. Ela torna a viver, tendo as mesmas feições individuais, de modo que os amigos reconheçam uns aos outros. -- The S.D.A. Bible Commentary 6:1093. EF 291 3 Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na alma encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. -- Educação, 306. Rosto rosado e vestimenta de luz EF 291 4 Quando saiu das mãos de seu Criador, Adão era de elevada estatura e de bela simetria. Era mais de duas vezes mais alto do que os homens que agora vivem na Terra, e bem proporcionado. Suas feições eram perfeitas e belas. Sua tez não era branca nem pálida, mas rosada, brilhando com o precioso matiz da saúde. Eva não era tão alta como Adão. Sua cabeça chegava-lhe um pouco acima dos ombros. Ela também era nobre -- de perfeita simetria e muito bela. -- Spiritual Gifts 3:34. EF 292 1 Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los. -- Patriarcas e Profetas, 45. A alegria de ver nossa família no céu EF 292 2 A cada lado do portão vemos uma comitiva de anjos e, ao por ele passarmos, Jesus diz: "Vinde benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Aqui nos diz Ele que somos participantes de Seu gozo. E qual é? É o gozo de ver o trabalho de vossa alma, pais! É o gozo de ver que os vossos esforços, mães, foram recompensados! Aí estão os vossos filhos; a coroa da vida está sobre suas cabeças. -- Orientação da Criança, 567-568. EF 292 3 O maior dom de Deus é Cristo, cuja vida é nossa, pois nos foi dada. Ele morreu por nós, e ressuscitou em nosso favor, a fim de que pudéssemos sair da sepultura para um glorioso companheirismo com os anjos celestiais, encontrar-nos com nossos entes queridos e reconhecer-lhes a fisionomia, pois a semelhança com Cristo não destrói sua imagem, mas a transforma à gloriosa imagem dEle. Todos os santos ligados aqui por laços familiares conhecerão ali uns aos outros. -- Mensagens Escolhidas 3:316. A salvação de criancinhas e deficientes EF 293 1 Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito de pó, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem. Muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para junto da árvore da vida. -- Mensagens Escolhidas 2:260. EF 293 2 Alguns têm perguntado se os filhinhos, mesmo de pais que crêem, hão de ser salvos, pois não tiveram nenhuma prova de caráter, e todos precisam ser provados, e seu caráter tem de ser determinado pela prova. É feita a pergunta: "Como podem as criancinhas ter este teste e prova?" Respondo que a fé dos pais que crêem protege os filhos, como sucedeu quando Deus enviou Seus juízos sobre os primogênitos dos egípcios. ... EF 293 3 Não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto, e convém que o deixemos onde Deus o deixou e que nos demoremos em assuntos elucidados em Sua Palavra. -- Mensagens Escolhidas 3:313-315. EF 293 4 Quanto ao caso de A, vós o encarais como é agora e deplorais sua simplicidade. Ele não tem consciência do pecado. A graça de Deus removerá toda essa imbecilidade hereditária e transmitida, e ele terá uma herança entre os santos na luz. A vós o Senhor concedeu sanidade mental. Pelo que diz respeito à faculdade do raciocínio, A é uma criança, mas possui também a submissão e a obediência de uma criança. -- Manuscript Releases 8:210. Homenagem às mães fiéis EF 294 1 Quando se assentar o juízo, e os livros forem abertos; quando o "bem-está" do grande Juiz for pronunciado, e a coroa de glória imortal, colocada na fronte do vencedor, muitos erguerão essas coroas à vista do Universo reunido e, indicando sua mãe, dirão: "Ela me fez tudo quanto sou mediante a graça de Deus. Seus ensinos, suas orações foram abençoados quanto à minha salvação eterna." -- Mensagens aos Jovens, 330. EF 294 2 Os anjos de Deus imortalizam o nome das mães cujos esforços ganharam os filhos para Jesus Cristo. -- Orientação da Criança, 568. A recompensa do ganhador de almas EF 294 3 Quando os redimidos estiverem perante Deus, responderão ao chamado preciosas almas que ali estão por causa dos fervorosos e perseverantes esforços feitos em seu benefício, e das súplicas e intensa persuasão para que fujam para a Fortaleza. Dessa forma, os que neste mundo têm estado a cooperar com Deus, receberão a sua recompensa. -- Conselhos sobre Saúde, 357. EF 294 4 Quando os portais daquela linda cidade lá do alto se revolverem nos seus luzentes gonzos, e nela entrarem as hostes que observaram a verdade, coroas de glória ser-lhes-ão colocadas sobre a cabeça, e eles atribuirão a Deus honra, glória e majestade. E naquela ocasião alguns se aproximarão de vós, dizendo: "Não fossem as palavras que me proferistes bondosamente, não fossem vossas lágrimas, súplicas e diligentes esforços, e eu nunca teria visto o Rei na Sua formosura." Que recompensa é essa! Quão insignificante é o louvor de seres humanos nesta vida terrena e transitória, em comparação com as infinitas recompensas que estão reservadas aos fiéis na futura vida imortal! -- Words of Encouragement to Self-supporting Workers, 16. Nossos traços de caráter não se alterarão EF 295 1 Se quereis ser santos no Céu precisais ser primeiro santos na Terra. Os traços de caráter que acalentais na vida não serão modificados pela morte ou pela ressurreição. Saireis da sepultura com a mesma disposição que manifestastes em vosso lar e na sociedade. Jesus não altera o caráter em Sua vinda. A obra de transformação tem de ser efetuada agora. Nossa vida diária está determinando o nosso destino. Precisamos arrepender-nos dos defeitos de caráter, vencê-los pela graça de Cristo e formar um caráter simétrico neste período de prova, a fim de que sejamos habilitados para as mansões lá do alto. -- Manuscript Releases 13:82. A calma e afetuosa atmosfera do céu EF 295 2 A paz e a harmonia das cortes celestiais não serão perturbadas pela presença de alguém que seja rude ou indelicado. -- Testemunhos para a Igreja 8:140. EF 296 1 No Céu tudo é nobre e elevado. Todos buscam o bem e a felicidade dos outros. Ninguém se importa e preocupa consigo mesmo. A principal alegria de todos os seres santos é ver a alegria e a felicidade dos que se encontram ao seu redor. -- Testemunhos para a Igreja 2:239. EF 296 2 Parecia-me estar ali onde tudo era paz, aonde não podiam chegar os turbulentos conflitos terrestres -- o Céu, um reino de justiça em que se congregam todos os santos, puros e bem-aventurados, milhares de milhares e milhões de milhões, vivendo e andando em ditosa e pura intimidade, louvando a Deus e ao Cordeiro assentados sobre o trono. EF 296 3 Suas vozes estavam em perfeita harmonia. Eles nunca fazem algum mal uns aos outros. Príncipes do Céu, os potentados desse vasto domínio apenas são rivais no bem, buscando a felicidade e a alegria uns dos outros. O maior ali é o menor no amor-próprio, e o menor é o maior em sua gratidão e profusão de amor. EF 296 4 Ali não há tétricos erros para obscurecer o intelecto. A verdade e o conhecimento, claros, vigorosos e perfeitos, têm afugentado todas as dúvidas, e nenhum laivo de dúvida lança sua funesta sombra sobre os seus ditosos habitantes. Vozes contenciosas não perturbam a suave e perfeita paz do Céu. Seus habitantes não conhecem tristezas, desgostos e lágrimas. Tudo está em perfeita harmonia, em perfeita ordem e perfeita felicidade. EF 296 5 O Céu é um lar em que a simpatia está viva em todo coração, e é expressa em cada olhar. Ali reina o amor. Não há elementos dissonantes, nenhuma discórdia, contenda ou guerra de palavras. -- Manuscript Releases 9:104-105. Não haverá tentações e pecado EF 297 1 Nenhuma árvore da ciência do bem e do mal oferecerá oportunidade para a tentação. Não haverá ali tentador, nem possibilidade para o mal. -- Educação, 302. EF 297 2 Ouvi aclamações de vitória dos anjos e dos santos remidos, os quais ressoavam como dez milhares de instrumentos musicais, porque não mais deveriam ser molestados e tentados por Satanás, e porque os habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações. -- História da Redenção, 416. Comunhão com o pai e com o filho EF 297 3 O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho. ... O conheceremos face a face, sem um véu obscurecedor de separação. -- O Grande Conflito, 676-677. EF 297 4 Habitaremos para sempre com a Sua preciosa presença e fruiremos a sua luz. Meu coração salta de alegria ante a animadora perspectiva. -- Nos Lugares Celestiais, 352. EF 297 5 O Céu é onde Cristo está. O Céu não seria Céu para os que amam a Cristo se Ele não estivesse ali. -- Manuscrito 41, 1897. EF 297 6 Haverá íntima e terna relação entre Deus e os santos ressuscitados. -- O Desejado de Todas as Nações, 606. EF 297 7 Lançando aos pés do Redentor as coroas que Ele nos colocou sobre a cabeça, e tocando nossas harpas de ouro, encheremos todo o Céu de louvor Àquele que está sentado no trono. -- Testemunhos para a Igreja 8:254. EF 298 1 Se, durante esta vida, forem fiéis a Deus, no final "verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome". Apocalipse 22:4. E qual é a felicidade do Céu senão a de ver a Deus? Que maior júbilo poderá ter o pecador salvo pela graça de Cristo, do que contemplar a face de Deus, e tê-Lo por Pai? -- Testemunhos Seletos 3:266. Comunhão com os anjos e com os fiéis de todas as épocas EF 298 2 Todo remido compreenderá o serviço dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi a sua guarda desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que com ele esteve no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celeste em toda a obra em prol da humanidade. -- Educação, 305. EF 298 3 De que perigos, visíveis e invisíveis, temos sido protegidos mediante a intervenção de anjos, jamais saberemos até que, à luz da eternidade, as providências de Deus nos sejam reveladas. -- O Desejado de Todas as Nações, 240. EF 298 4 O amor e simpatias que o próprio Deus plantou na alma, encontrarão ali o mais verdadeiro e suave exercício. A comunhão pura com os seres santos, a vida social harmoniosa com os bem-aventurados anjos e com os fiéis de todos os tempos, que lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro, os sagrados laços que reúnem "toda a família nos Céus e na Terra" (Efésios 3:15) -- tudo isto concorre para constituir a felicidade dos remidos. -- O Grande Conflito, 677. Dando testemunho a seres não caídos EF 299 1 "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir." Mateus 20:28. A obra de Cristo neste mundo é Sua obra nos Céus, e a nossa recompensa por trabalhar com Ele neste mundo será o maior poder e mais amplo privilégio de com Ele trabalhar no mundo vindouro. "Vós sois as Minhas testemunhas, diz Deus; Eu sou Deus." Isaías 48:12. Isso também seremos na eternidade. EF 299 2 Para que foi permitido continuar o grande conflito através dos séculos? Por que foi que se não eliminou a existência de Satanás no início de sua rebelião? -- Foi para que o Universo se pudesse convencer da justiça de Deus ao tratar com o mal, e para que o pecado pudesse receber condenação eterna. No plano da salvação há sumidades e profundezas, que a própria eternidade jamais poderá compreender completamente, maravilhas para as quais os anjos desejam atentar. Apenas os remidos, dentre todos os seres criados, conheceram em sua própria experiência o conflito com o pecado; trabalharam com Cristo e, conforme os mesmos anjos não o poderiam fazer, associaram-se em Seus sofrimentos; não terão eles qualquer testemunho quanto à ciência da redenção, algo que seja de valor para seres não caídos? -- Educação, 308. Louvando a Deus com majestosa e melodiosa música EF 300 1 Haverá ali música e cânticos; música e cânticos que ouvidos mortais jamais ouviram nem o espírito humano concebeu. ... EF 300 2 O cântico que os resgatados entoarão, cântico este de sua experiência, declarará a glória de Deus: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo." Apocalipse 15:3-4. -- Educação, 307-309. EF 300 3 Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina. -- Testemunhos Seletos 1:45. EF 300 4 Não como varão de dores, mas como glorioso e triunfante rei estará [Cristo] sobre o Monte das Oliveiras, enquanto as aleluias dos hebreus se misturarão com os hosanas dos gentios, e as vozes dos remidos, qual poderosa hoste, hão de avolumar-se na aclamação: "Coroai-O Senhor de todos." -- O Desejado de Todas as Nações, 830. Perscrutando os tesouros do universo EF 300 5 Ali, quando for removido o véu que obscurece a nossa visão, e nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza de que ora apanhamos lampejos pelo microscópio; quando olharmos às glórias dos céus hoje esquadrinhadas de longe pelo telescópio; quando, removida a mácula do pecado, a Terra toda aparecer "na beleza do Senhor nosso Deus" -- que campo se abrirá aos nosso estudo! Ali o estudante da ciência poderá ler os relatórios da criação, sem divisar coisa alguma que recorde a lei do mal. Poderá escutar a melodia das vozes da Natureza, e não perceberá nenhuma nota de lamento ou tristezas. ... EF 301 1 Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos filhos de Deus. Com indizível deleite unir-nos-emos na alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participaremos dos tesouros adquiridos através dos séculos empregados na contemplação da obra de Deus. -- Educação, 303-307. EF 301 2 Livres da mortalidade, alçarão vôo incansável para os mundos distantes -- mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de um alma resgatada. ... Com visão desanuviada olham para a glória da criação, achando-se sóis, estrelas e sistemas planetários, todos na sua indicada ordem, a circular em redor do trono da Divindade. Em todas as coisas, desde a mínima até a maior, está escrito o nome do Criador, e em todas se manifestam as riquezas de Seu poder. -- O Grande Conflito, 677-678. Revendo a história sagrada EF 301 3 A hoste dos remidos irá de um mundo a outro e grande parte de seu tempo será empregada em perscrutar os mistérios da redenção. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:990. EF 301 4 Através dos séculos infinitos o tema da redenção ocupará o coração, mente e língua dos remidos. Eles compreenderão as verdades que Cristo almejava abrir a Seus discípulos, e para cuja assimilação, porém, não tinham suficiente fé. Sempre e sempre nos serão reveladas novas visões da perfeição e glória de Cristo. Através dos séculos eternos o fiel Pai de família tirará de Seu tesouro coisas novas e velhas. -- Parábolas de Jesus, 134. EF 302 1 Então se revelará diante dele o decurso do grande conflito que teve sua origem antes que começasse o tempo e terminará apenas quando este cessar. A história do início do pecado; da fatal falsidade em sua ação sinuosa; da verdade que, não se desviando das suas próprias linhas retas, se defrontou com o erro e o venceu; sim, tudo isto será manifesto. O véu que se interpõe entre o mundo visível e o invisível, será removido e reveladas coisas maravilhosas. -- Educação, 304. EF 302 2 Posto que os pesares, dores e tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação. ... EF 302 3 Nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. -- O Grande Conflito, 651-674. As perplexidades da vida esclarecidas EF 302 4 Todas as perplexidades da vida serão então explicadas. Onde para nós apareciam apenas confusão e decepção, propósitos frustrados e planos subvertidos, ver-se-á um propósito grandioso, predominante, vitorioso, uma harmonia divina. -- Educação, 305. EF 303 1 Ali Jesus nos levará para bem perto da viva corrente que flui do trono de Deus, e nos explicará as misteriosas providências pelas quais nos conduziu neste mundo a fim de aprimorar-nos o caráter. -- Testemunhos para a Igreja 8:254. EF 303 2 Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. Naquilo em que a nossa mente só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais probantes. Ao reconhecermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com júbilo inexprimível e repleto de glória. -- Testemunhos Seletos 3:433. O resultado de toda nobre ação EF 303 3 Todos os que trabalharam com um espírito desinteressado contemplarão os frutos de seus labores. Ver-se-á o resultado de todo princípio correto e nobre ação. Alguma coisa disto aqui vemos. Mas quão pouco dos resultados dos mais nobres trabalhos deste mundo é o que se manifesta nesta vida aos que os fazem! Quantos labutam abnegadamente, incansavelmente por aqueles que ficam além de seu alcance e conhecimento! Pais e professores tombam em seu último sono, parecendo o trabalho de sua vida ter sido feito em vão; não sabem que sua fidelidade descerrou fontes de bênçãos que jamais poderão deixar de fluir; apenas pela fé vêem as crianças que educaram tornarem-se uma bênção e inspiração a seus semelhantes, e essa influência repetir-se mil vezes mais. EF 304 1 Muito obreiro há que envia para o mundo mensagens de alento, esperança e ânimo, palavras que levam bênçãos aos corações em todos os países; mas, quanto aos resultados, nada sabe, afadigando-se ele em solidão e obscuridade. Assim se concedem dons, aliviam-se cargas, faz-se trabalho. Os homens lançam a semente, da qual, sobre as suas sepulturas, outros recolhem a abençoada messe. Plantam árvores para que outros comam o fruto. Aqui estão contentes por saberem que puseram em atividade forças para promover o bem. No além serão vistas a ação e reação de todas estas forças. -- Educação, 305-306. Nosso gozo aumentará continuamente EF 304 2 Há no plano da redenção mistérios -- a humilhação do Filho de Deus, o ser achado em forma de homem, o maravilhoso amor e condescendência do Pai ao entregar Seu Filho -- que são para os anjos celestiais motivo de contínuo assombro. ... E isso será o estudo dos remidos através dos séculos eternos. Ao contemplarem a obra de Deus na criação e redenção, novas verdades continuamente se lhes desdobrarão ao espírito surpreso e deleitado. À medida que vão aprendendo mais e mais da sabedoria, amor e poder de Deus, seu espírito se lhes expandirá constantemente, e seu gozo aumentará continuamente. -- Testemunhos Seletos 2:307. EF 305 1 E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor. -- O Grande Conflito, 678. Há sempre um infinito para além EF 305 2 Ali toda faculdade se desenvolverá, e toda capacidade aumentará. Os maiores empreendimentos serão levados avante, as mais altas aspirações realizadas, as maiores ambições satisfeitas. E, todavia, surgirão novas culminâncias a galgar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos assuntos a apelarem para as forças do corpo, espírito e alma. -- Educação, 307. EF 305 3 Por mais que avancemos no conhecimento da sabedoria e do poder de Deus, há sempre um infinito para além. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1886. EF 305 4 Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano, toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem, não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito, inexaurível amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem a pena é capaz de o descrever. Podeis meditar nele todos os dias de vossa vida; podeis esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; podeis concitar toda faculdade e poder a vós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celeste; e todavia existe ainda um infinito para além. Podeis estudar por séculos esse amor; não obstante jamais podereis compreender plenamente a extensão e a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar. -- Testemunhos Seletos 2:337. Todo o universo declara que Deus é amor EF 306 1 O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor. -- O Grande Conflito, 678. ------------------------Evangelismo Ev 5 1 Prefácio Ev 15 1 Capítulo 1 -- O desafio do evangelismo Ev 25 1 Capítulo 2 -- As multidões das metrópoles Ev 45 1 Capítulo 3 -- Pequenas povoações e zonas rurais Ev 53 1 Capítulo 4 -- Planos para a campanha pública Ev 93 1 Capítulo 5 -- Planejamento das reuniões evangelísticas Ev 119 1 Capítulo 6 -- Conferências públicas Ev 168 1 Capítulo 7 -- A mensagem e sua apresentação Ev 217 1 Capítulo 8 -- Pregar as verdades características Ev 279 1 Capítulo 9 -- Firmar o interesse Ev 334 1 Capítulo 10 -- Firmar e conservar novos conversos Ev 384 1 Capítulo 11 -- A obra nas grandes cidades americanas Ev 407 1 Capítulo 12 -- Proclamar a mensagem em outros continentes Ev 429 1 Capítulo 13 -- Trabalho pessoal Ev 456 1 Capítulo 14 -- O instrutor bíblico Ev 496 1 Capítulo 15 -- Evangelismo do canto Ev 513 1 Capítulo 16 -- Evangelismo médico Ev 552 1 Capítulo 17 -- Trabalho em favor de classes especiais Ev 589 1 Capítulo 18 -- Lidar com a falsa ciência, e com os falsos cultos, ismos e sociedades secretas Ev 628 1 Capítulo 19 -- O obreiro e suas habilitações Ev 692 1 Capítulo 20 -- A mensagem triunfante ------------------------Prefácio Ev 5 1 O evangelismo, o próprio coração do cristianismo, é o tema de importância capital para quantos são chamados a fim de proclamar a última mensagem de advertência que Deus faz ao mundo condenado. Estamos nos últimos instantes da história deste planeta obscurecido pelo pecado, e a mensagem do advento, com o objetivo de preparar o povo para a volta do Senhor, precisa atingir todos os confins da Terra. Ev 5 2 Desde os primeiros dias do movimento dos adventistas do sétimo dia, as instruções do Espírito de Profecia, dando ênfase especial aos princípios e métodos de ganhar almas, têm servido para orientar e desenvolver a Obra de Deus. Quase todos os livros de Ellen G. White apresentam algumas das modalidades do evangelismo. No decorrer dos anos, em Review and Herald, Signs of the Times, bem como em outros periódicos, a mensageira do Senhor tem dado impulso a um evangelismo vigoroso e crescente. Vários evangelistas também, de tempos em tempos, foram beneficiados, recebendo instruções e conselhos referentes a métodos que deviam ser usados para ganhar almas. Algumas vezes, grupos de evangelistas e de líderes denominacionais se reuniam para ouvir a palavra da Sra. White, e suas preleções eram muito úteis a todos eles. Ev 5 3 Acontece, porém, que os inúmeros artigos, os testemunhos especiais, os discursos e conselhos dela não podiam ser obtidos por todos os interessados, esparsos como se achavam. Com o fim de tornar acessíveis, a quantos desejarem, as oportunas instruções da Sra. White, é que estamos publicando, neste volume, em ordem, todas as citações que mais dizem respeito ao importante assunto do evangelismo. Ev 6 1 Esta obra não somente apresenta os bem estabelecidos princípios que devem orientar o evangelismo, guiando o evangelista e o obreiro bíblico, mas também dá muitos e ricos conselhos quanto à aplicação destes princípios. Como compilação das preciosas instruções que o Senhor, durante anos, nos deu, é este livro um excelente manual de evangelismo para o movimento adventista. Ev 6 2 Ao colocarmos tudo em ordem, distribuindo devidamente as declarações obtidas de vários lugares, descobrimos que ela procurou salientar, repetidas vezes, certas e determinadas instruções. Assim, a fim de apresentar ao leitor a importante matéria sem repetições desnecessárias, escolhemos cuidadosamente as citações. Há casos em que omitimos a reprodução de sentenças já citadas, mas a omissão é sempre indicada. Tivemos, não obstante, o maior cuidado em não citar coisa alguma que ficasse obscura, em conseqüência de cortes feitos no texto. Ev 6 3 Procuramos fazer com que cada seção trate, a contento, do assunto indicado. Por esta razão, às vezes parece que há a repetição inevitável de algumas declarações. Ev 6 4 Às vezes é de utilidade saber quando foi feita a declaração, para melhor se compreender a aplicação do conselho, pois sabemos que a obra adventista enfrentou fases diferentes. E, embora, em alguns casos, não seja possível fazer uso de uma recomendação que tenha sido feita para certo e determinado lugar, no início do movimento, contudo os princípios fundamentais, enunciados naqueles dias, ainda servem de lição para hoje. Ev 6 5 Os princípios não mudam, se bem que possa haver necessidade de ajustamento e de adaptação, para que possamos enfrentar as condições atuais. Eis uma ilustração concreta do que dizemos: Ev 6 6 O leitor encontrará freqüente menção das reuniões campais, e conselhos quanto a como conduzi-las. Lá por 1860-1870 as reuniões campais atraíam grande assistência da pessoas não-adventistas, nos fins de semana, havendo por vezes congregações cuja metade consistia de membros da igreja e a outra metade de não-adventistas e daí para cima, chegando mesmo a alcançar a razão de quinze não-adventistas para um adventista. Depois de 1880, reuniões campais evangelísticas, realizadas nos subúrbios de grandes cidades, levavam desde quinze dias até um mês. Essas reuniões ganhavam muitas almas. Muitas declarações recomendando essas reuniões e dando instruções sobre a maneira de as efetuar com êxito, foram escritas pela irmã White através daqueles anos. Ev 7 1 Mas os tempos mudaram; a reunião campal tornou-se quase exclusiva dos membros da igreja, que aumentam sempre em número. As multidões não-adventistas, atraídas antigamente pela reunião campal, são hoje alcançadas mais eficazmente por meio das reuniões em tenda ou salão. Não obstante, os princípios que levavam a métodos bem-sucedidos nas reuniões campais evangelísticas, bem servem também para levar a frutíferos métodos no evangelismo da atualidade. Ev 7 2 As instruções deste livro limitam-se quase que inteiramente à obra evangelística do pastor e do obreiro bíblico. Por falta de espaço, não publicamos aqui os ensinos da Sra. White referentes ao evangelismo pelos membros da igreja. Também várias citações sobre o evangelismo médico, encontradas em A Ciência do Bom Viver, Medicina e Salvação e Conselhos Sobre Saúde, exceto as que se relacionam com o evangelismo mesmo, ficaram fora. E muito mais poderíamos ter incluído, porém fomos forçados a limitar a matéria, tratando especialmente do evangelismo público. Ev 7 3 Enviamos ao campo este livro, tendo a certeza de que ele marcará uma nova fase no desenvolvimento dos métodos do evangelismo. Seus edificantes conselhos, suas oportunas advertências, sua visão do grande êxito da mensagem, tudo, cremos, constitui uma planta, um desenho, um mapa, guiando o evangelismo até ser atingido o glorioso clímax, sob o alto clamor da mensagem do terceiro anjo. Depositários das Publicações de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- O desafio do evangelismo A proclamação da mensagem Ev 15 1 A comissão evangélica -- As últimas palavras de Cristo a Seus discípulos foram: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." "Portanto ide, ensinai todas as nações." Ide aos mais afastados limites do globo habitável, e sabei que aonde quer que fordes Minha presença vos assistirá. ... Ev 15 2 A nós, também, a comissão se dirige. Somos ordenados a ir como mensageiros de Cristo, para ensinar, instruir e persuadir homens e mulheres, apelando para que atentem para a Palavra de vida. Também nos é dada a certeza da constante presença de Jesus. Sejam quais forem as dificuldades com que nos tenhamos de defrontar, sejam quais forem as provações que tenhamos de suportar, sempre será para nós a misericordiosa promessa: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." -- Manuscrito 24, 1903. Ev 15 3 A mensagem -- força viva -- Na comissão dada aos discípulos, Cristo não somente lhes delineou a obra, mas deu-lhes a mensagem. Ensinai o povo, disse, "a guardar todas as coisas que vos tenho mandado". Os discípulos deviam ensinar o que Cristo ensinara. O que Ele falara, não só em pessoa, mas através de todos os profetas e mestres do Antigo Testamento, aí se inclui. É excluído o ensino humano. Não há lugar para a tradição, para as teorias e conclusões dos homens, nem para a legislação da igreja. Nenhuma das leis ordenadas por autoridade eclesiástica se acha incluída na comissão. Nenhuma dessas têm os servos de Cristo de ensinar. "A lei e os profetas", com a narração de Suas próprias palavras e atos, eis os tesouros confiados aos discípulos, para serem dados ao mundo. ... Ev 16 1 O evangelho tem de ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como força viva para transformar a vida. Deus deseja que os que recebem Sua graça sejam testemunhas do poder da mesma. -- O Desejado de Todas as Nações, 826 (1898). Ev 16 2 A igreja é depositária da mensagem -- Estamos agora vivendo as cenas finais da história deste mundo. Tremam os homens com a noção da responsabilidade de conhecer a verdade. São chegadas as cenas finais do mundo. Os que considerarem devidamente estas coisas serão levados a fazer inteira consagração a seu Deus, de tudo quanto possuem e são. ... Ev 16 3 Repousa sobre nós a pesada responsabilidade de advertir o mundo quanto ao juízo iminente. De todas as direções, de longe e de perto, ouvem-se os pedidos de auxílio. A igreja, inteiramente consagrada ao seu trabalho, deve levar a mensagem ao mundo: Vinde ao banquete do evangelho; a ceia está preparada, vinde. ... Coroas, imortais coroas há para serem ganhas. O reino dos Céus deve ser alcançado. Um mundo, que está a perecer no pecado, deve ser iluminado. A pérola perdida deve ser achada. A ovelha perdida deve ser conduzida de volta, em segurança, para o curral. Quem se unirá aos que vão buscá-la? Quem erguerá a luz aos que tateiam nas trevas do erro? -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1895. Ev 16 4 A crise atual -- Devemos sentir agora a nossa responsabilidade de trabalhar com intenso ardor, a fim de comunicar a outros as verdades que Deus nos tem revelado para o tempo atual. Não podemos ser demasiado diligentes. ... Ev 16 5 Agora é o tempo de proclamar a última advertência. Uma virtude especial acompanha presentemente a proclamação desta mensagem; mas por quanto tempo? -- Só por um pouco de tempo ainda. Se jamais houve uma crise, essa crise é justamente agora. Ev 17 1 Todos estão decidindo agora o seu perpétuo destino. Os homens precisam ser despertados a fim de reconhecer a solenidade do momento, e a proximidade do dia em que terá terminado a graça. Esforços decisivos têm de ser envidados, a fim de apresentar esta mensagem ao povo de modo notável. O terceiro anjo deverá avançar com grande poder. -- Testemunhos Selectos 2:371 (1900). Ev 17 2 O evangelismo -- nosso verdadeiro trabalho -- A obra evangelística, de abrir as Escrituras aos outros, advertindo homens e mulheres daquilo que está para vir ao mundo, deve ocupar, mais e mais, o tempo dos servos de Deus. -- The Review and Herald, 2 de Agosto de 1906. Ev 17 3 A mensagem com rapidez -- Como povo, grandemente precisamos humilhar o coração perante Deus, rogando-Lhe o perdão pela nossa negligência no cumprimento da comissão evangélica. Estabelecemos grandes centros em alguns poucos lugares, deixando por trabalhar muitas cidades importantes. Assumamos agora o trabalho que nos é designado, e proclamemos a mensagem que há de despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer seu perigo. Se cada adventista do sétimo dia houvesse feito o trabalho que lhe foi confiado, o número de crentes seria hoje muito maior do que é. -- Testemunhos Selectos 3:293 (1909). Ev 17 4 O chamado para um trabalho fervoroso -- Se nossos ministros considerassem quão brevemente os habitantes do mundo serão congregados diante do trono do juízo de Deus, a fim de responder pelos atos praticados no corpo, com que fervor não trabalhariam eles juntamente com Deus, no sentido de apresentar a verdade! Quão ardentemente não se esforçariam a guiar os homens a aceitarem a verdade! Quão incansavelmente não trabalhariam para desenvolver a causa de Deus no mundo, proclamando, por palavras e atos, que "já está próximo o fim de todas as coisas". -- Carta 43, 1902. Ev 18 1 Em meio à confusão dos últimos dias -- As palavras de Jesus Cristo se dirigem a nós que vivemos nos últimos momentos da história da Terra. "Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." As nações estão em desassossego. Tempos de perplexidade estão iminentes. As ondas do mar bramam; o coração dos homens desfalece de temor na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; mas os que crerem no Filho de Deus ouvirão Sua voz no meio da tempestade, dizendo-lhes: "Sou Eu, não temais." ... Vemos o mundo jazendo na maldade e apostasia. A rebelião contra os mandamentos de Deus parece quase universal. Em meio ao tumulto de excitamento com confusão em todas as partes, há uma obra a ser feita no mundo. -- Manuscrito 44, 1900. Ev 18 2 Erguer o estandarte em lugares entenebrecidos -- Os exércitos de Satanás são muitos, e o povo de Deus deve espalhar-se por todo o mundo, erguendo o estandarte da verdade nos lugares entenebrecidos da Terra e fazendo tudo quanto for possível para destruir o reino do demônio. -- Carta 91, 1900. Ev 18 3 A maior e mais elevada obra -- O Senhor determinou que a proclamação desta mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo, para o presente tempo. -- Testemunhos Selectos 2:365 (1900). Ev 18 4 Desenvolvimento mais rápido -- Neste país e em terras estrangeiras a causa da presente verdade deve ter mais rápido desenvolvimento do que tem tido até agora. Se nosso povo sair com fé, fazendo tudo quanto puder para dar início, trabalhando à maneira de Cristo, o caminho será aberto diante dele. Se ele demonstrar ter a energia que é necessária, a fim de obter êxito, e a fé que avança sem hesitação, em obediência à ordem de Deus, ricas messes serão obtidas. Deve avançar tanto e tão rapidamente quanto possível, com a determinação de fazer justamente aquilo que o Senhor disse deveria ser feito. Precisa ter energia e fé inflexível, ardente. ... O mundo tem que ouvir a mensagem de advertência. -- Manuscrito 162, 1905. A sempre crescente influência do evangelho Ev 19 1 Ao redor da terra -- Por todas as partes a luz da verdade deve brilhar, para que os corações que agora dormem o sono da ignorância possam ser acordados e convertidos. Em todos os países e cidades o evangelho deve ser proclamado. ... Ev 19 2 Igrejas devem ser organizadas e planos formulados para o trabalho que se realizará pelos membros das recém-organizadas igrejas. Esta obra missionária do evangelho precisa manter-se atingindo e anexando novos territórios, ampliando as porções cultivadas da vinha. O círculo deve ser estendido até que rodeie o mundo. -- Carta 86, 1902. Ev 19 3 Norte, sul, este e oeste -- De vila em vila, de cidade em cidade, de país em país, a mensagem de advertência deve ser proclamada, não com ostentação exterior mas no poder do Espírito, por homens de fé. Ev 19 4 E é necessário que lhe dediquemos o melhor trabalho. Chegou o tempo, o importante tempo em que, mediante os mensageiros de Deus, o pergaminho se desenrola perante o mundo. A verdade contida nas mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos precisa ser proclamada a toda nação, tribo, língua e povo; deve iluminar as trevas de todo continente e estender-se até as ilhas do mar. ... Ev 19 5 Deve haver os mais sábios planos para o bom êxito do trabalho. Decididos esforços devem ser feitos a fim de serem abertos novos territórios no norte, no sul, no oriente e no ocidente. ... O fato de que a apresentação da verdade tem sido, por tanto tempo, negligenciada, deve tocar o coração de nossos ministros e obreiros, para que entrem nesses territórios e não abandonem o trabalho antes de terem proclamado com clareza a mensagem. -- Manuscrito 11, 1908. Ev 20 1 Jamais impedida por barreiras ou obstáculos -- A verdade, passando de largo aqueles que a desprezam e rejeitam, triunfará. Conquanto às vezes pareça haver retardado, seu progresso nunca foi impedido. Quando a mensagem de Deus se defronta com a oposição, Ele lhe concede força adicional, para que ela exerça maior influência. Dotada de energia divina, abrirá caminho através das mais fortes barreiras e triunfará sobre todos os obstáculos. -- Atos dos Apóstolos, 601 (1911). Ev 20 2 Obra de grande valor -- A obra que o evangelho abrange, como trabalho missionário, é obra positiva, é de grande valor e brilhará mais e mais até ser dia perfeito. -- Carta 215b, 1899. Ev 20 3 Influência que se aprofunda e se alarga -- A influência destas mensagens se tem aprofundado e alargado, pondo em movimento as forças impelentes de milhares de corações, trazendo à existência instituições de ensino, casas publicadoras, bem como casas de saúde; e todas estas são instrumentos nas mãos de Deus, para a cooperação na grande obra representada pelo primeiro, segundo e terceiro anjos voando pelo meio do céu, a fim de advertirem os habitantes do mundo de que Cristo está para vir de novo, com poder e grande glória. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1892. Ev 20 4 Proclamação da mensagem em novos territórios -- Temos a mais solene e probante mensagem para proclamar ao mundo. Mas demasiado tempo se tem dedicado aos que já conhecem a verdade. Em lugar de gastar tempo com aqueles que já têm tido muitas oportunidades de conhecer a verdade, ide ao povo que nunca ouviu vossa mensagem. Celebrai vossas reuniões campais em cidades em que a verdade não foi proclamada. Alguns assistirão às reuniões e aceitarão a mensagem. -- Carta 87, 1896. Ev 21 1 Os lugares novos são os melhores -- Os lugares em que a verdade nunca foi proclamada são os melhores para trabalhar. A verdade deve tomar posse da vontade daqueles que nunca antes a ouviram. Eles verão a maldade do pecado, e seu arrependimento será completo e sincero. O Senhor operará nos corações que, no passado, poucas vezes receberam apelos, corações que antigamente não haviam visto a enormidade do pecado. -- Carta 106, 1903. Ev 21 2 Se a verdade houvesse sido proclamada intensivamente -- Cidades e mais cidades me foram apresentadas em necessidade de trabalho evangelístico. Se tivesse havido diligente esforço na obra de tornar a verdade para este tempo conhecida, nas cidades que não estão advertidas, elas não estariam agora impenitentes como se encontram. Da luz que me foi outorgada, sei que poderíamos ter hoje milhares mais se regozijando na verdade, se o trabalho tivesse sido realizado conforme exige a situação, de muitas maneiras intensivas. -- Carta 94a, 1909. A necessidade de obreiros evangelísticos Ev 21 3 A seara é grande -- A solene e sagrada mensagem de advertência precisa ser proclamada nos campos mais difíceis, e nas cidades mais pecaminosas, em todos os lugares onde a luz da grande tríplice mensagem não tem ainda raiado. Cada pessoa deve ouvir o último convite para as bodas do Cordeiro. ... Ev 22 1 Países até agora fechados ao evangelho estão abrindo as portas e suplicando que se lhes explique a Palavra de Deus. Reis e príncipes estão abrindo portas longamente cerradas, convidando os arautos da cruz para entrar. A seara é na verdade grande. Somente a eternidade há de revelar os resultados dos bem dirigidos esforços agora feitos. -- Obreiros Evangélicos, 27 (1915). Ev 22 2 Embaixadores de Cristo -- Ministros de Deus, com o coração ardendo de amor para com Cristo e vossos semelhantes, buscai despertar os que se acham mortos em ofensas e pecados. Que vossos mais ferventes rogos e advertências lhes penetrem a consciência. Que vossas fervorosas orações lhes enterneçam o coração, levando-os em arrependimento ao Salvador. Vós sois embaixadores de Cristo, para proclamar Sua mensagem de salvação. -- Idem, 35 (1915). Ev 22 3 Cem obreiros onde há agora um -- O tempo é curto. Em toda parte há necessidade de obreiros para Cristo. Deveria haver cem trabalhadores diligentes e fiéis nos campos missionários nacionais e estrangeiros onde agora há só um. Os caminhos e atalhos ainda não foram trabalhados. Urgentes incentivos devem ser apresentados aos que deviam estar agora empenhados em trabalho missionário para o Mestre. -- Fundamentos da Educação Cristã, 488 (1903). Ev 22 4 Sábia distribuição de homens -- Para a realização de tudo quanto Deus requer para advertir as cidades, Seus servos devem planejar uma sábia distribuição das forças em atividade. Freqüentemente os obreiros que poderiam ser uma força para o bem em conferências públicas ficam ocupados com outros trabalhos, não lhes restando tempo para se dedicarem ao ministério ativo entre o povo. Para a realização dos trabalhos nos vários centros da nossa obra, os que se acham com a responsabilidade devem empenhar-se, tanto quanto possível, em encontrar homens consagrados, que tenham sido treinados em ramos comerciais. Existe a constante necessidade de lutar contra a tendência de prender, nestes centros de influência, homens que podiam fazer melhor e mais importante trabalho do púlpito, apresentando aos descrentes as verdades da Palavra de Deus. -- The Review and Herald, 7 de Abril de 1910. Ev 23 1 A mais alta vocação -- Não se deve fazer pouco caso do evangelismo. Nenhum empreendimento deve ser levado a efeito de maneira que faça com que o ministério da Palavra seja considerado como coisa inferior. Não é assim. Os que menosprezam o ministério, estão menosprezando Cristo. A mais elevada de todas as obras é a do ministério, em suas várias atividades, e deve ser mantido perante os jovens o fato de que não existe trabalho mais abençoado por Deus do que o do ministro evangélico. Ev 23 2 Não permitamos que nossos jovens sejam dissuadidos de entrar no ministério. Há perigo de que, mediante vívidas representações, alguns sejam afastados do caminho que Deus ordenou que palmilhassem. Alguns têm sido animados a fazerem um curso em ramos médicos, os quais deviam estar se preparando para entrar no ministério. -- Testimonies for the Church 6:411 (1900). Ev 23 3 Os jovens substituem os porta-estandartes -- Os porta-estandartes estão sucumbindo, e os jovens devem preparar-se para tomar os lugares vagos, para que a mensagem possa ser ainda proclamada. A luta ativa tem de ser estendida. Aos que possuem mocidade e forças cumpre ir aos lugares entenebrecidos da Terra, a chamar ao arrependimento almas moribundas. -- Obreiros Evangélicos, 101 (1915). Ev 23 4 Rapidez no preparo para o trabalho -- Nossas escolas foram estabelecidas pelo Senhor, e se forem conduzidas em harmonia com Seu propósito, a juventude a elas enviada será rapidamente preparada para se ocupar em vários ramos da obra missionária. Alguns se prepararão para ir para os campos missionários como enfermeiros, outros como colportores, outros como evangelistas, alguns como professores, e outros como ministros evangélicos. -- Carta 113, 1903. Ev 24 1 Ensinar a fazer trabalho evangelístico -- O Senhor chama os que estão trabalhando em nossos sanatórios, casas publicadoras e escolas, para ensinarem a juventude a fazer trabalho evangelístico. Nosso tempo e nossas energias não devem ser tão grandemente empregados em estabelecer sanatórios, mercearias e restaurantes, de modo que as outras atividades da obra sejam negligenciadas. Rapazes e moças que deviam estar empenhados no ministério, na obra bíblica e na colportagem, não devem ficar presos aos trabalhos mecânicos. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1912. Ev 24 2 O chamado a jovens vigorosos -- Onde estão os homens que sairão ao trabalho, confiando inteiramente em Deus, prontos a agir e a enfrentar as situações? Deus convida: "Filho, vai trabalhar hoje na Minha vinha." Deus fará dos jovens de hoje escolhidos depositários do Céu, a fim de que apresentem ao povo a verdade, em contraste com o erro e a superstição, se eles se entregarem a Ele. Que Deus ponha a responsabilidade sobre jovens vigorosos, que tenham a Sua Palavra no coração e que apresentem a verdade aos outros. -- Manuscrito 134, 1898. Ev 24 3 Homens que não recuam -- Deus chama consagrados obreiros que Lhe sejam leais -- homens humildes, que vejam a necessidade da obra evangelística e que não recuem, mas diariamente trabalhem com fidelidade, confiando em Deus quanto ao auxílio e a força em qualquer emergência. A mensagem tem que ser apresentada pelos que amam e temem a Deus. Não transfirais vossa responsabilidade para nenhuma Associação. Ide e, como evangelistas, com humildade apresentai um "Assim dizem as Escrituras". -- Carta 43, 1905. ------------------------Capítulo 2 -- As multidões das metrópoles À sombra da impendente condenação Ev 25 1 Milhões nas cidades têm logo que tomar a decisão -- As trevas espirituais, que cobrem agora a Terra toda, acham-se intensificadas nos lugares de população densa. É nas cidades das nações onde o obreiro evangélico encontra a maior impenitência e a necessidade mais premente. ... Ev 25 2 O registro dos crimes e da iniqüidade, nas grandes cidades da Terra, é apavorante. A iniquidade dos ímpios é quase incompreensível. Muitas cidades estão-se tornando verdadeiras Sodomas à vista do Céu. O aumento da iniqüidade é tal, que multidões se aproximam rapidamente de uma condição em que, em sua experiência pessoal, ficam de tal maneira que é muito difícil alcançá-las com o vivificante conhecimento da mensagem do terceiro anjo. O inimigo das almas está operando com maestria a fim de controlar a mente humana; e o que os servos de Deus fizerem, no sentido de advertir e preparar os homens para o dia do juízo, deve ser feito com rapidez. Ev 25 3 As condições com que se defrontam os obreiros cristãos, nas grandes cidades, constituem um solene desafio para um incansável esforço em favor dos milhões que vivem sob a sombra impendente da condenação. Os homens logo serão obrigados a tomar grandes decisões, e devem ter oportunidade de ouvir e compreender a verdade bíblica, a fim de que se decidam inteligentemente para o lado do bem. Deus está agora chamando Seus mensageiros, de modo positivo para que advirtam as cidades, enquanto a misericórdia ainda perdura e enquanto multidões ainda se acham suscetíveis à transformadora influência das verdades da Bíblia. -- The Review and Herald, 7 de Abril de 1910. Ev 26 1 Na "marcha para a morte" -- Satanás está ativamente em operação em nossas cidades populosas. Sua obra é observada na confusão, na luta e discórdia entre o capital e o trabalho, bem como na hipocrisia que penetrou nas igrejas. Para que os homens não tenham tempo para meditação, Satanás os leva para uma rotina de frivolidades e busca de prazeres, de comidas e bebidas. Enche-os da ambição de se exibirem, para que se exaltem. Passo a passo, o mundo está ficando nas condições que reinavam nos dias de Noé. Todo imaginável crime é cometido. A concupiscência da carne, a soberba dos olhos, a ostentação do egoísmo, o abuso do poder, a crueldade e a força empregados para fazer com que os homens se liguem às confederações e uniões -- atando-se a si mesmos em molhos para a queima dos grandes fogos dos últimos dias -- tudo isso é operação de instrumentos satânicos. A este círculo de crime e de loucura o homem chama "vida". ... Ev 26 2 O mundo que age como se não houvesse Deus, absorto em empreendimentos egoístas, cedo sofrerá repentina destruição, e não escapará. Muitos continuam na descuidada satisfação própria, até que se tornam tão cansados da vida, que se suicidam. Danças, bebedices e o vício de fumar, a satisfação das paixões animais, levam os homens como bois para o matadouro. Satanás opera com toda a sua arte e com seus enganos, para manter os homens marchando, como cegos, para a frente, até que o Senhor Se erga de Seu lugar, para castigar os habitantes da Terra, por causa de suas iniqüidades, quando a Terra exporá seu sangue e não mais enterrará os seus mortos. O mundo inteiro parece estar em marcha para a morte. -- Manuscrito 139, 1903. Ev 27 1 Planos ambiciosos -- Homens e mulheres, residentes nestas cidades, estão rapidamente ficando mais e mais enlaçados por seus interesses comerciais. Estão agindo, desesperadamente, no sentido de edificar prédios cujas torres se projetem às alturas do céu. Sua mente está cheia de maquinações e planos ambiciosos. -- Manuscrito 154, 1902. Ev 27 2 Se as advertências dos céus forem desatendidas -- Tenho ordem de declarar a mensagem, dizendo que as cidades onde reina a transgressão, extremamente pecadoras, serão destruídas por terremotos, pelo fogo e por inundações. Todo o mundo será advertido de que existe um Deus que demonstrará Sua autoridade divina. Seus invisíveis instrumentos ocasionarão destruição, devastação e morte. Todas as riquezas acumuladas serão como nada. ... Ev 27 3 Sobrevirão calamidades -- calamidades as mais terríveis, totalmente imprevistas; e estas destruições seguir-se-ão umas às outras. Se atentarem para as advertências que Deus tem feito, e se as igrejas se arrependerem, apegando-se de novo ao seu concerto, então outras cidades podem ser poupadas por algum tempo. Mas se os homens que têm sido enganados continuarem no mesmo caminho em que têm estado a andar, desrespeitando a lei de Deus e apresentando falsidades diante do povo, Deus permitirá que sofram calamidades, para que despertem. ... Ev 27 4 O Senhor não rejeitará repentinamente todos os transgressores, nem destruirá nações inteiras; mas Ele castigará cidades e lugares onde os homens se houverem entregado inteiramente aos instrumentos satânicos. As cidades das nações serão tratadas rigorosamente; contudo, não serão castigadas com a extrema indignação de Deus, porque algumas almas ainda se desvencilharão dos enganos do inimigo, arrepender-se-ão e se converterão, ao passo que as massas estarão entesourando ira para o dia do furor. -- Manuscrito 35, 1906. Ev 28 1 Despertar o povo -- Estando eu em Loma Linda, Califórnia, em 16 de Abril de 1906, uma cena assombrosíssima me foi revelada. Numa visão noturna, estava eu numa elevação de onde via as casas sacudidas como o vento sacode o junco. Os edifícios, grandes e pequenos, eram derrubados. Os sítios de recreio, teatros, hotéis e mansões suntuosas eram sacudidos e arrasados. Muitas vidas eram destruídas e os lamentos dos feridos e aterrorizados enchiam o espaço. Ev 28 2 Os anjos destruidores, enviados por Deus, estavam atuando. A um simples toque, os edifícios tão solidamente construídos que os homens consideravam à prova de qualquer perigo, ficavam reduzidos a um montão de escombros. Nenhuma segurança havia em parte alguma. Pessoalmente, eu não me sentia em perigo, mas não posso descrever as cenas terríveis que me foram apresentadas. Dir-se-ia que a paciência divina se tivesse esgotado, e houvesse chegado o dia do juízo. Ev 28 3 O anjo que estava ao meu lado me disse, então, que poucas pessoas reconhecem a maldade imperante no mundo hodierno, especialmente nas grandes cidades. Declarou que o Senhor determinou um dia em que a Sua ira castigará os transgressores pelo persistente menosprezo da Sua lei. Ev 28 4 Conquanto terrível, a cena que me foi revelada não me causou tanta impressão quanto as instruções que recebi nessa ocasião. O anjo que estava ao meu lado declarou que a suprema soberania de Deus, o caráter sagrado da Sua lei, devem ser manifestados aos que obstinadamente se recusam a obedecer ao Rei dos reis. Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber-se da pecaminosidade do seu procedimento. -- Testemunhos Selectos 3:329, 330 (1909). Ev 29 1 Cena de grande destruição -- Na última sexta-feira, pela manhã, pouco antes de acordar, uma cena muito impressionante me foi apresentada. Parecia que eu havia acordado, mas não estava em meu lar. Das janelas eu podia avistar uma terrível conflagração. Grandes bolas de fogo caíam sobre as casas e destas bolas voavam flechas incandescentes em todas as direções. Era impossível apagar os fogos que se acendiam, e muitos lugares estavam sendo destruídos. O terror do povo era indescritível. Depois de algum tempo, acordei e vi que estava em casa. -- Carta 278, 1906. Ev 29 2 Porque as grandes cidades serão destruídas -- Em todas as partes há homens que deviam estar empenhados em ministério ativo, dando a última mensagem de advertência a um mundo caído. A obra que há muito devia ter estado em ativa operação, a fim de salvar almas para Cristo, ainda não foi realizada. Os habitantes das ímpias cidades, prestes a serem atingidas pelas calamidades, têm sido cruelmente negligenciados. Está próximo o tempo em que grandes cidades serão destruídas, e todos devem ser advertidos destes juízos vindouros. Quem, porém, está dando à realização desta obra o dedicado serviço que Deus requer?... Ev 29 3 Atualmente, não está sendo feita no trabalho das cidades a milésima parte daquilo que devia ser feito, e que seria realizado se homens e mulheres cumprissem todo o seu dever. -- Manuscrito 53, 1910. Ev 29 4 A destruição de milhares de cidades -- Quem dera que o povo de Deus tivesse uma idéia da impendente destruição de milhares de cidades, agora quase dominadas pela idolatria! -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. Ev 29 5 Apressai a obra -- Ao considerar as condições das cidades que se acham tão positivamente sob o poder de Satanás, eu me interrogo a mim mesma: Qual será o fim destas coisas? A impiedade em muitas cidades está aumentando. O crime e a iniqüidade operam em todas as partes. Novas espécies de idolatria estão sendo continuamente introduzidas na sociedade. Em cada nação a mente dos homens se dedica à invenção de alguma novidade. Atos precipitados e confusão mental aumentam em todas as partes. Certamente, as cidades da Terra estão-se tornando semelhantes a Sodoma e Gomorra. Ev 30 1 Como um povo, necessitamos apressar o trabalho nas cidades, trabalho este que tem sido atrasado por falta de obreiros e de meios, bem como de espírito de consagração. Neste tempo, o povo de Deus precisa volver o coração inteiramente a Ele, porquanto o fim de todas as coisas está próximo. Precisa humilhar seu entendimento e atentar para a vontade do Senhor, trabalhando com o mais ardente desejo de fazer aquilo que Deus tem mostrado que deve ser feito, no sentido de advertir as cidades quanto à impendente destruição. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1912. As dificuldades aumentam Ev 30 2 Avançar com esforço sempre crescente -- Estamos próximos do grande e último conflito. Cada movimento de avanço feito agora, precisa ser realizado com esforço crescente, porque Satanás está operando com todo o poder, a fim de aumentar as dificuldades em nosso caminho. Ele opera com todo o engano da injustiça, para prender a alma dos homens. Estou encarregada de dizer aos ministros do evangelho e aos médicos missionários: Ide para a frente. O trabalho a ser realizado exige abnegação a cada passo, mas avançai! -- Carta 38, 1908. Ev 30 3 Não há tempo a perder -- Não temos tempo a perder. O fim está próximo. Em breve a passagem de um lugar para outro a fim de transmitir a verdade será cercada de perigos à direita e à esquerda. Far-se-á tudo para obstruir o caminho dos mensageiros do Senhor, de modo que não possam realizar o que lhes é possível executar agora. Cumpre-nos olhar de frente nossa obra, e avançar o mais depressa possível em luta intensa. Ev 31 1 Segundo a luz que me foi dada por Deus, sei que as potências das trevas estão trabalhando com intensa energia que procede de baixo, e a passos furtivos vai Satanás avançando para se apoderar dos que agora se acham adormecidos, qual lobo que se apodera da presa. Temos agora advertências que nos é possível dar, uma obra que nos é concedida fazer; em breve, porém, será mais difícil do que podemos imaginar. Ajude-nos Deus, a conservar-nos na vereda da luz, trabalhar com os olhos fitos em Jesus, nosso Líder, e, paciente e perseverantemente, avançar para a vitória. -- Testemunhos Selectos 2:375, 376 (1900). Ev 31 2 O evangelismo nas cidades torna-se mais difícil -- Nós não compreendemos a que extensão os agentes de Satanás estão trabalhando nessas grandes cidades. A obra de levar a mensagem da verdade presente perante o povo está-se tornando cada vez mais difícil. É essencial que novos e variados talentos se unam em inteligente trabalho pelo povo. -- Medicina e Salvação, 300 (1909). Ev 31 3 O tempo favorável para as cidades passou -- Um grande trabalho deve ser realizado. Sou tocada pelo Espírito de Deus para dizer aos que se empenham no trabalho do Senhor, que o tempo favorável para nossa mensagem ser proclamada nas cidades já passou, e esta obra não foi feita. Sinto a grande preocupação de que agora temos de remir o tempo. -- Manuscrito 62, 1903. Ev 31 4 O trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade, terá de realizar em terrível crise, sob as circunstâncias mais desanimadoras, proibitivas. -- Testemunhos Selectos 2:164 (1885). Ev 31 5 O Espírito de Deus gradualmente retirado -- Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam as proximidades de acontecimentos da maior importância. Ev 32 1 As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. -- Idem, 3:280 (1909). Ev 32 2 Espírito de guerra agita as nações -- Tremendas provas e aflições aguardam ao povo de Deus. O espírito de guerra está incitando as nações de um a outro canto da Terra. -- Idem, 3:285 (1909). Ev 32 3 Antes que se fechem as portas agora abertas -- Repetidamente recebo instruções para apresentar a nossas igrejas a obra que deve ser feita em nossas grandes cidades. Há um grande trabalho a ser realizado, não somente onde temos igrejas já estabelecidas, mas também em lugares onde a verdade nunca foi inteiramente apresentada. Bem em nosso meio há pagãos, tanto como nas longínquas terras. O caminho deve ser aberto, a fim de que estes sejam alcançados pela verdade para este tempo; e este trabalho deve ser feito imediatamente. ... Ev 32 4 Freqüentemente nos é dito que nossas cidades devem ouvir a mensagem, mas quão vagarosos somos quanto a atender a esta recomendação! Vi Alguém em pé numa alta plataforma, com os braços estendidos. Ele Se virou e apontou para todas as direções, dizendo: "Um mundo a perecer na ignorância quanto à santa lei de Deus, e os adventistas do sétimo dia estão dormindo!" O Senhor está rogando por obreiros, pois há uma grande obra a ser realizada. Há por serem feitas conversões que adicionarão à igreja os que se salvarão. Homens e mulheres nos caminhos e valados devem ser alcançados. ... Ev 33 1 Estamos muito atrasados, em seguir a luz que Deus nos deu quanto à obra nas grandes cidades. Aproxima-se o tempo em que se formularão leis que fecharão as portas que agora estão abertas à mensagem. Necessitamos erguer-nos e agir com o mais ardente fervor, enquanto os anjos de Deus estão à espera para dar seu maravilhoso auxílio a quantos trabalharem no sentido de despertar a consciência de homens e mulheres para a justiça, a temperança e o juízo vindouro. -- Manuscrito 7, 1908. Ev 33 2 Trabalhai enquanto puderdes -- Meus irmãos, penetrai nas cidades logo que puderdes fazê-lo. Nas cidades que já foram penetradas há muitos que nunca ouviram a mensagem da verdade. Alguns dos que já ouviram, converteram-se; outros morreram na fé. Há muitos outros que, se lhes dessem oportunidade, poderiam ouvir e aceitar a mensagem de salvação. ... Estes nossos últimos esforços em prol da obra de Deus na Terra, devem decididamente possuir o sinete divino. -- Manuscrito 7, 1908. O chamado para uma obra rápida Ev 33 3 O Tempo é breve -- A mensagem que estou ordenada a transmitir a nosso povo, neste tempo, é: Evangelizai as cidades sem demora, porque o tempo é curto. O Senhor tem posto este trabalho diante de nós durante estes últimos vinte anos ou mais. Pouco tem sido feito em alguns lugares, mas muito mais poderia ter sido realizado. -- Carta 168, 1909. Ev 33 4 Onde está vossa fé? -- Quando penso nas muitas cidades ainda por advertir, não posso descansar. É contristador considerar que têm sido negligenciadas por tanto tempo! Durante muitos, muitos anos as cidades da América [do Norte], inclusive as do Sul, têm sido apresentadas ao nosso povo como sendo lugares que carecem de atenção especial. Poucos têm sentido a responsabilidade de trabalhar nestas cidades; mas, em comparação com as grandes necessidades e as muitas oportunidades, apenas um pouco se fez. Onde está vossa fé, meus irmãos? Onde se encontram os obreiros?... Ev 34 1 Não devemos planejar enviar mensageiros a todos esses campos, mantendo-os liberalmente? Não deverão ministros de Deus ir a esses populosos centros, e lá erguer a voz, advertindo as multidões? Num tempo como este, todas as mãos devem ser postas em atividade. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1909. Ev 34 2 Multidões sem serem advertidas -- Em Nova Iorque bem como em muitas outras cidades, há multidões de pessoas que não foram advertidas. ... Temos que cuidar deste trabalho com fervor, e executá-lo. Deixando de lado nossas peculiaridades e nossas próprias idéias, devemos pregar as verdades da Bíblia. Homens consagrados e talentosos devem ser enviados a estas cidades e postos a trabalhar. -- Manuscrito 25, 1910. Ev 34 3 É tempo de acordar os vigias -- Nossas cidades devem ser trabalhadas. ... Há necessidade de dinheiro para a realização da obra em Nova Iorque, Boston, Portland, Filadélfia, Búfalo, Chicago, S. Luís, Nova Orleans e em muitas outras cidades. Em alguns destes lugares o povo foi grandemente agitado pela mensagem transmitida de 1842 a 1844, mas nos últimos anos pouco se tem feito, em comparação com a grande obra que devia estar em desenvolvimento. E parece difícil fazer nosso povo sentir uma responsabilidade especial pela obra nas grandes cidades. Ev 34 4 Apelo para os irmãos que por muitos anos têm ouvido a mensagem. É tempo de acordar os vigias. Tenho gasto minhas energias em proclamar as mensagens que o Senhor me confiou. O encargo das necessidades de nossas cidades tem pesado tanto sobre meus ombros, que algumas vezes parecia que eu ia morrer. Que o Senhor dê sabedoria a nossos irmãos, para que eles saibam como levar avante a obra, em harmonia com a vontade de Deus. -- Manuscrito 13, 1910. Ev 35 1 Milhões para ouvirem a mensagem -- As cidades devem ser trabalhadas. Os milhões que residem nesses centros densamente populosos devem ouvir a mensagem do terceiro anjo. Esta obra deveria ter sido rapidamente desenvolvida durante os últimos poucos anos. -- The Review and Herald, 5 de Julho de 1906. Oportunidades especiais para o evangelismo Ev 35 2 Em grandes agrupamentos como a exposição de S. Luís -- Recebi instruções que, ao nos aproximarmos do fim, haverá grandes agrupamentos em nossas cidades, como houve recentemente em S. Luís, e que devemos preparar-nos para apresentar a verdade nestas reuniões. Quando Cristo esteve na Terra, aproveitou tais oportunidades. Onde quer que houvesse grande ajuntamento de pessoas, com qualquer objetivo, Sua voz se fazia ouvir, clara e audível, proclamando Sua mensagem. E, em resultado disso, depois de Sua crucifixão e ascensão, milhares se converteram num dia. A semente semeada por Cristo calou fundo nos corações, germinou e, quando os discípulos receberam o dom do Espírito Santo, a colheita foi recolhida. Ev 35 3 Os discípulos saíram e pregaram a palavra por todas as partes, com tamanho poder, que os oponentes ficaram apavorados e não ousaram fazer o que teriam feito, não fosse a positiva evidência de que Deus estava operando. Ev 35 4 Em cada grande ajuntamento, alguns de nossos ministros devem estar presentes. Devem agir com sabedoria, a fim de obter ouvintes, de modo que possam apresentar a luz da verdade a tantos quantos possível. ... Ev 36 1 Devemos aproveitar cada uma destas oportunidades, como a que se nos apresentou na exposição de S. Luís. Em todos esses ajuntamentos devem estar presentes homens a quem Deus possa usar. Devem ser espalhados, como folhas do outono, entre o povo, folhetos que contenham a luz da presente verdade. Para muitos que assistem a estas reuniões, estes folhetos serão como as folhas da árvore da vida, que servem para cura das nações. Ev 36 2 Eu vos enviei esta, meus irmãos, para que a envieis a outros. Os que saem a proclamar a verdade serão abençoados por Aquele que lhes deu o encargo de pregarem esta verdade. ... Ev 36 3 Chegou o tempo em que, como nunca antes, os adventistas do sétimo dia se devem erguer e brilhar, porque sua luz tem vindo e a glória do Senhor brilhado sobre eles. -- Carta 296, 1904. O exame das necessidades das grandes cidades Ev 36 4 O trabalho nas cidades é difícil -- Estamos profundamente impressionados com a obra em nossas cidades. Há poucos que estão prontos a se empenhar na obra a ser realizada. Há pessoas de todas as classes a serem visitadas; e o trabalho é difícil. Mas animamos a todos os que têm tato e habilidade para compreender a situação, para que se dediquem à obra de fazer soar a última nota de advertência ao mundo. -- Carta 82, 1910. Ev 36 5 A necessidade de estudo e de recursos -- Alguns fiéis obreiros têm procurado fazer alguma coisa nesta grande e pecaminosa cidade (Nova Iorque). Mas sua tarefa tem sido árdua, porque pouco lhes foi facilitado. O pastor _____ e a esposa trabalharam fielmente. Quem, porém, quis assumir a responsabilidade de sua manutenção no trabalho? Quem, dentre nossos líderes os visitou, para saber das necessidades da obra? -- General Conference Bulletin, 7 de Abril de 1903. Ev 37 1 Dificuldades e temores -- a causa da omissão -- O tempo está rapidamente passando para a eternidade, e estas cidades apenas foram ligeiramente tocadas. Há um poder que o Espírito de Deus pode transmitir à verdade. À medida que a luz é projetada na mente, uma convicção se apoderará dos corações, que será forte demais para ser resistida. ... Ev 37 2 É meu dever afirmar que Deus está apelando insistentemente para que se faça grande trabalho nas cidades. Novos campos devem ser abertos. Homens que conhecem a mensagem e que deviam sentir as responsabilidades da obra manifestaram tão apoucada fé, que, por causa das dificuldades e temores, houve prolongada desatenção. -- Carta 150, 1909. Ev 37 3 Comissão designada para estudar as necessidades especiais -- Sete homens deviam ter sido escolhidos para, unidos com o presidente, iniciarem um trabalho nas grandes cidades, em favor dos que estão a perecer sem a verdade, enquanto não se fizerem decididos esforços no sentido de salvá-los. Estes sete homens devem ser pessoas ativas, humildes, ternas e mansas de coração. Nunca as cidades deviam ter sido negligenciadas como estão agora; mensagens e mais mensagens nos têm chegado, as mais positivas, para que trabalhemos com maior fervor. Ev 37 4 Não menos de sete homens devem ser escolhidos, para que assumam as grandes responsabilidades da obra de Deus nas cidades populosas. E estes homens devem humilhar-se diariamente, buscando fervorosamente o Senhor, para receberem santa sabedoria. Devem ligar-se a Deus como homens que desejam ser ensinados. Devem ser homens de oração, que estejam cônscios do perigo em que se encontram. Qual deve ser o trabalho destes sete homens? Devem investigar as necessidades das cidades e empregar os mais decididos e fervorosos esforços, no sentido de desenvolver a obra. -- Carta 58, 1910. Ev 38 1 Ver as necessidades como Deus as vê -- O Senhor deseja que proclamemos a mensagem do terceiro anjo, nestas cidades, com grande poder. ... À medida que trabalhamos com todas as forças que Deus nos outorga, bem como em humildade de coração, confiando inteiramente nEle, nossos esforços não ficarão sem frutos. Nossos resolutos esforços para levar almas ao conhecimento da verdade para este tempo serão secundados por santos anjos, e muitas almas se salvarão. O Senhor jamais abandonará Seus fiéis mensageiros. Ele envia, em seu auxílio, os agentes celestiais e acompanha suas atividades, com o poder de Seu Santo Espírito para os convencer e converter. Todo o Céu apoiará vossos apelos. Ev 38 2 Quem dera que pudéssemos ver as necessidades destas grandes cidades como Deus as vê! Devemos planejar colocar nestas cidades homens capazes, que possam apresentar a mensagem do terceiro anjo de maneira tão impressiva, que toque profundamente o coração. Aos homens que podem fazer isto não podemos permitir que se reúnam num só lugar, fazendo o trabalho que outros poderiam fazer. -- Manuscrito 53, 1909. Problemas peculiares ao evangelismo nas grandes cidades Ev 38 3 Grandes e melhores salões -- Tem sido um problema difícil saber a maneira pela qual alcançar o povo nos centros densamente populosos. Não temos permissão de entrar nas igrejas. Nas cidades, os salões grandes são caros e, em muitos casos, apenas poucas pessoas vão aos melhores salões. Os que nos não conhecem falam mal de nós. As razões de nossa fé não são compreendidas pelo povo, e temos sido considerados como fanáticos, como quem ignorantemente guarda o sábado em lugar do domingo. Em nosso trabalho, ficamos perplexos, sem saber como desfazer as barreiras do mundanismo e do preconceito, para apresentar ao povo as preciosas verdades que tanto significam para ele. -- Testimonies for the Church 5:31, 32 (1900). Ev 39 1 O problema prático de achar um salão -- As dificuldades mencionadas são as com que nos defrontamos em quase todas as partes, mas não de modo tão positivo como em _____. Pensamos que Satanás se estabeleceu naquele lugar, para executar seus planos, a fim de que os obreiros se desanimem e abandonem o trabalho. ... Ev 39 2 Temos que buscar a sabedoria divina, pois pela fé vejo uma forte igreja naquela cidade. Nossa obra deve ser vigiar e orar, para buscar o conselho dAquele que é maravilhoso e poderoso em conselho. Alguém mais poderoso do que os mais fortes poderes do inferno pode tomar de Satanás a presa, e, sob Sua orientação, os anjos celestes levarão avante a batalha contra todas as potestades das trevas e firmarão o estandarte da verdade e da justiça naquela cidade. ... Ev 39 3 Nossos irmãos têm estado à procura de um lugar para as reuniões. Os teatros e salões apresentam tantas circunstâncias desfavoráveis, que pensamos que iremos usar o edifício onde patinam, o qual ultimamente foi usado para reuniões religiosas e de temperança. ... Se conseguirmos um local para proclamar a palavra da vida, teremos que gastar dinheiro. Deus proverá um lugar onde Sua própria verdade seja pregada ao povo, pois é desta maneira que Ele tem operado. -- Carta 79, 1893. Ev 39 4 A aquisição de evangelistas de cidades -- Agora, quando o Senhor nos ordena proclamar a mensagem, mais uma vez, e com poder, na parte oriental, quando Ele nos manda entrar nas cidades do Leste e do Sul, do Norte e do Oeste, não atenderemos, como um só homem, cumprindo Sua ordem? Não devemos planejar enviar mensageiros a todos esses campos e mantê-los liberalmente?... Ev 40 1 Todas as nossas cidades devem ser trabalhadas. O Senhor está prestes a voltar. O fim está próximo; eis que se apressa muito a vir! Dentro de pouco tempo, a partir de agora, já não poderemos mais trabalhar com a liberdade que gozamos atualmente. Cenas terríveis estão prestes a ocorrer, e o que tivermos de fazer precisamos fazê-lo com rapidez. Precisamos estabelecer a obra onde quer que seja possível. E para a realização desta tarefa, muito necessitamos no campo do auxílio que pode ser dado pelos nossos ministros de experiência, que são capazes de atrair a atenção de grandes congregações. ... Ev 40 2 O Senhor deseja que proclamemos, com poder, a mensagem do terceiro anjo, nestas cidades. Não podemos, por nós mesmos, exercitar este poder. Tudo quanto podemos fazer é escolher homens capazes e instar para que vão a tais lugares de oportunidade e lá proclamem a mensagem, no poder do Espírito Santo. À medida que falam a verdade, que vivem a verdade, que pregam a verdade e que oram a verdade, Deus tocará os corações. -- Manuscrito 53, 1900. Ev 40 3 Evangelistas dos "caminhos" -- A capacidade do Pastor _____ como orador é necessária para apresentar a verdade nos caminhos. Quando a verdade for apresentada nos caminhos, os valados serão abertos e uma obra mais ampla será feita. -- Carta 168, 1909. Ev 40 4 Exigem-se esforços extraordinários -- Nas cidades da atualidade, onde há tantos atrativos e divertimentos, o povo não se interessará em simples esforços. Os ministros designados por Deus acharão necessário empregar esforços extraordinários, a fim de atrair a atenção de multidões. E quando tiverem êxito em congregar grande número de pessoas, devem apresentar mensagens tão fora do comum, que o povo seja despertado e advertido. Precisam fazer uso de todos os meios que sejam possíveis, para que a verdade seja proclamada de um modo especial e com clareza. A probante mensagem para este tempo deve ser pregada com tanta clareza e de modo tão positivo, que impressione vivamente os ouvintes e os induza a quererem estudar as Escrituras. -- Testimonies for the Church 9:109 (1909). Ev 41 1 Oposição, despesas e grandes auditórios -- Sonhei que vários irmãos nossos estavam reunidos em concílio, estudando planos de trabalho para esta época do ano. Julgavam preferível não penetrar nas cidades grandes, mas começar pelas localidades pequenas, distantes das cidades; aí encontrariam menos oposição da parte do clero e evitariam despesas avultadas. Arrazoavam que, sendo em pequeno número, nossos ministros não poderiam ser dispensados para instruir nas cidades os que ali aceitassem a verdade, e cuidar deles, e que, por motivo da maior oposição que ali encontrariam, iriam precisar de mais auxílio do que em igrejas de pequenas localidades rurais. Deste modo, em grande parte se perderia o fruto duma série de conferências na cidade. Ainda se insistiu em que, em vista de serem escassos os nossos recursos, e das muitas alterações causadas pelas mudanças que seriam de esperar-se numa igreja de cidade grande, seria difícil formar uma igreja que fosse um auxílio para a causa. Meu esposo instava com os irmãos para que traçassem sem demora planos mais amplos, e empregassem, em nossas cidades grandes, esforços extensos e completos, que melhor correspondessem ao caráter de nossa mensagem. Um obreiro relatou incidentes de sua experiência nas cidades, mostrando que fora quase um fracasso, ao passo que apresentara melhor êxito nas localidades pequenas. Ev 41 2 Um Ser de dignidade e autoridade -- presente a todas as nossas reuniões de comissões -- escutava com o mais profundo interesse todas as palavras. Falou deliberadamente, e com perfeita segurança: "O mundo todo", disse, "é a grande vinha de Deus. As cidades e vilas constituem parte dessa vinha. Elas têm que ser atingidas." -- Testemunhos Selectos 3:88 (1902). Ev 42 1 Obra dispendiosa -- Parece que quase ninguém ousa solicitar que um evangelista vá às cidades, por causa dos recursos financeiros que seriam necessários para executar um trabalho forte e sólido. É verdade que haverá necessidade de muito dinheiro para cumprirmos nosso dever para com os que não foram advertidos nestes lugares; e Deus deseja que ergamos nossa voz e façamos sentir nossa influência em benefício do sábio uso de recursos neste especial ramo da obra. -- Manuscrito 45, 1910. Ev 42 2 É imprescindível cooperação voluntária -- Nas nossas grandes cidades deve ser feito um decidido esforço no sentido de trabalhar em harmonia. No espírito e no temor de Deus, os obreiros devem unir-se como um só homem, trabalhando com vigor e com zelo fervoroso. Não deve haver esforços sensacionalistas nem contenda. É mister que haja arrependimento prático, genuína simpatia, cooperação voluntária, e sincera emulação mútua no grande e fervoroso esforço para aprenderem lições de renúncia, de sacrifício próprio pela salvação da morte, de almas que perecem. -- Manuscrito 128, 1901. Ev 42 3 Demos graças ao Senhor por haver alguns obreiros que estão fazendo tudo quanto é possível para erguer memoriais para Deus, em nossas cidades negligenciadas. Lembremo-nos de que é nosso dever animar estes obreiros. Deus não Se agrada da falta de apreço e de cooperação para com os fiéis obreiros que trabalham em nossas grandes cidades. -- Manuscrito 154, 1902. Ev 42 4 Prosseguir na obra até a sua conclusão cabal -- Nas séries de conferências realizadas nas grandes cidades, a metade do trabalho se perde porque eles [os obreiros] encerram as atividades muito cedo e vão para outro território novo. Paulo se demorou evangelizando os seus territórios, continuando o trabalho durante um ano num lugar e um ano e meio noutro. A pressa em encerrar logo uma série de conferências tem produzido, muitas vezes, grandes perdas. -- Carta 48, 1886. A promessa de colheita abundante Ev 43 1 Cena impressionante -- Nas visões da noite passou diante de mim uma cena muito impressiva. Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: "Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros, com acento de voz agoniante, diziam: "Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos." Por toda parte ouvi pronunciarem-se semelhantes palavras de exprobração. Ev 43 2 Acordei muito aflita. Adormeci de novo, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa-múndi. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem que ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, esta deveria refleti-la sobre outras. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. ... Ev 43 3 Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida, e em resultado se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo mundo. -- Testemunhos Selectos 3:296, 297 (1909). Ev 43 4 Advertências solenes despertam milhares -- Homens de fé e oração serão constrangidos a sair com zelo santo, declarando as palavras que Deus lhes dá. Os pecados de Babilônia serão revelados. Os terríveis resultados da imposição das observâncias da igreja pela autoridade civil, as incursões do espiritismo, os furtivos mas rápidos progressos do poder papal -- tudo será desmascarado. Por meio destes solenes avisos o povo será comovido. Milhares de milhares que nunca ouviram palavras como essas, escutá-las-ão. Com espanto ouvirão o testemunho de que Babilônia é a igreja, caída por causa de seus erros e pecados, por causa de sua rejeição da verdade, enviada do Céu a ela. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 606, 607 (1888). Ev 44 1 Muitos a virem para a luz -- Mediante a graça de Cristo, os ministros de Deus são feitos mensageiros de luz e bênção. Quando mediante oração fervorosa e perseverante obtiverem a dotação do Espírito Santo, e saírem possuídos do desejo de salvar almas, os corações plenos de zelo para estender os triunfos da cruz, verão os frutos de seus labores. Recusando resolutamente exibir sabedoria humana ou exaltar-se, eles realizarão uma obra que resistirá aos assaltos de Satanás. Muitas almas sairão das trevas para a luz, e muitas igrejas serão estabelecidas. Os homens se converterão, não ao instrumento humano, mas a Cristo. -- Atos dos Apóstolos, 278 (1911). ------------------------Capítulo 3 -- Pequenas povoações e zonas rurais Caminhos e atalhos Ev 45 1 Lugares distantes das estradas -- Ao fazermos planos para a extensão da obra, devemos ter em vista muito mais do que as cidades. Distante das estradas há muitas e muitas famílias que precisam ser cuidadas, a fim de saber se compreendem a obra que Jesus está realizando em favor de Seu povo. Ev 45 2 Os que se encontram nos caminhos não devem ser negligenciados; nem os que moram nos valados. E, ao viajarmos de lugar a lugar, passando por uma casa após outra, devemos sempre perguntar: "Já ouviram a mensagem, por acaso, os habitantes destes lugares? A verdade da Palavra de Deus já lhes chegou ao ouvido? Compreendem eles que o fim de todas as coisas está próximo e que estão iminentes os juízos de Deus? Sabem eles que cada alma foi comprada por infinito preço?" Ao meditar sobre estas coisas, meu coração se expande no profundo anseio de ver a verdade levada, em sua simplicidade, aos lares das pessoas que se acham nos caminhos e lugares separados dos centros densamente populosos. ... É nosso privilégio visitá-los e fazer com que se familiarizem com o amor de Deus por eles e com a Sua maravilhosa provisão para salvação de sua alma. Ev 45 3 Nesta obra nos caminhos e valados, há sérias dificuldades que precisam ser enfrentadas e vencidas. O obreiro, ao sair em busca das almas, não deve temer, nem ficar desanimado, porquanto Deus é seu ajudador e continuará a ajudá-lo. E dará oportunidade aos Seus servos. -- Manuscrito 15, 1909. Ev 46 1 Um apelo para planos mais amplos -- Nossos planos são, em geral, muito restritos. Devemos ter mais ampla visão. Deus deseja que, em nosso trabalho para Ele, ponhamos em prática os princípios da verdade e da justiça. Sua obra deve desenvolver-se nas cidades, vilas e povoados. ... Ev 46 2 Devemos abandonar a visão acanhada e fazer planos mais amplos. Deve haver um mais vasto desenvolvimento da obra, tanto em favor dos que se acham perto como pelos que se encontram distantes. -- Manuscrito 87, 1907. Ev 46 3 Campos menos promissores -- O campo de trabalho deve ser alargado. A mensagem do evangelho precisa ser proclamada em todas as partes do mundo. Os campos menos promissores têm de receber trabalho fervoroso e resoluto. Os filhos de Deus, zelosos, verdadeiros, abnegados, devem usar todos os conhecimentos que possuem, no sentido de dirigir esta importante obra. -- Manuscrito 141, 1899. Ev 46 4 O povo do interior é mais facilmente alcançado -- O povo que vive no interior, nos sítios, é muitas vezes mais facilmente alcançado do que o que vive nas cidades densamente populosas. No interior, no meio das cenas da Natureza, o caráter cristão se forma melhor do que dentro da pecaminosidade da vida citadina. Quando a verdade impressionar o coração das pessoas simples e o Espírito de Deus operar em sua mente, induzindo-as a corresponderem à proclamação da Palavra, então haverá os que se erguem para ajudar a manter a causa do Senhor, tanto com seus recursos como com seu próprio trabalho. -- Manuscrito 65, 1908. Ev 46 5 A todas as classes -- Homens e mulheres nos caminhos e atalhos devem ser alcançados. Lemos das atividades de Cristo: "E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." Justamente uma obra como esta deve ser realizada em nossas cidades e vilas, nos caminhos e valados. O evangelho da mensagem do terceiro anjo deve ser proclamado a todas as classes. -- Manuscrito 7, 1908. Ev 47 1 Fazer ouvir o convite em novos lugares -- A obra realizada por nosso Salvador era a de advertir as cidades e ordenar aos obreiros que saíssem das cidades e fossem aos lugares onde a luz nunca fora dada, a fim de erguerem o estandarte da verdade em novos lugares. ... Tenho sido instruída no sentido de que não devemos ter grande ansiedade por agrupar demasiados interesses na mesma localidade, mas procurar pontos em outros distritos mais isolados, e trabalhar em novos lugares. Assim, podem ser alcançadas e convertidas pessoas que não conhecem coisa alguma das preciosas e probantes verdades para este tempo. O último convite deve ser considerado tão importante em novos lugares neste país, como nas terras distantes. Este aviso foi dado com referência a algumas localidades que não receberam a mensagem. As sementes da verdade precisam ser semeadas em centros que não foram trabalhados. ... Desenvolve um espírito missionário a obra em novas localidades. O egoísmo de manter grandes grupos reunidos não é o plano do Senhor. Entrai em cada novo lugar que seja possível, e começai a obra de instruir nas vizinhanças os que ainda não ouviram a verdade. Ev 47 2 Por que nosso Salvador Se empenhou em semear a semente nos lugares afastados? Por que Ele viajou Se afastando lentamente das vilas que tinham sido os lugares de que Se servira para transmitir a mensagem, abrindo-lhes as Escrituras? Havia um mundo para ouvir, e algumas almas aceitariam a verdade que não tinham ainda ouvido. Cristo viajava lentamente e abria as Escrituras em sua simplicidade às mentes que receberiam a verdade. -- Carta 318, 1908. Ev 47 3 Esforços simultâneos em cidades menores -- Durante o tempo em que as reuniões campais podem ser realizadas nesta Associação, duas ou três reuniões devem ser celebradas em diferentes lugares, simultaneamente. Há uma época em que estas reuniões não podem ser celebradas. Mas durante os meses em que podemos convenientemente usar as tendas, não devemos restringir nossos esforços às maiores cidades. Devemos dar a mensagem de advertência ao povo, em todos os lugares. -- Manuscrito 104, 1902. Obreiros rurais Ev 48 1 Obreiros novos entram em campos não trabalhados -- Aproximamo-nos do fim da história da Terra. Temos diante de nós uma grande obra -- a obra finalizadora de proclamar a última mensagem de advertência ao mundo pecador. Há homens que serão tirados do arado, das vinhas e de vários outros ramos de trabalhos, e enviados pelo Senhor, para proclamarem esta mensagem ao mundo. Ev 48 2 O mundo está desarticulado. Quando olhamos para o quadro, o futuro parece desanimador. Mas Cristo saúda, com grande esperança, os próprios homens e mulheres que nos inspiram desânimo. Neles Ele vê qualificações que os capacitarão a ocuparem um lugar em Sua vinha. Se eles continuamente quiserem aprender, pela Sua providência Ele fará com que sejam homens e mulheres preparados para realizar uma obra que não está além de suas capacidades. Pelo outorgamento do Espírito Santo, ele lhes dará poder para falar. Ev 48 3 Muitos dos campos estéreis e não trabalhados devem ser penetrados por principiantes. O brilho da visão que o Salvador tem do mundo inspirará confiança a muitos obreiros, os quais, se começarem com humildade, e puserem o coração na obra, serão os homens apropriados para a ocasião e o lugar. Cristo observa toda a miséria e perplexidade do mundo, cujo quadro desanimaria alguns de nossos obreiros de grande capacidade, de tal maneira que eles nem saberiam como começar a tarefa de dirigir homens e mulheres ao primeiro degrau da escada. Seus métodos precisos são de pouco valor. Eles ficariam acima dos primeiros degraus da escada, dizendo: "Vinde até onde nós estamos." Mas as pobres almas não sabem onde colocar os pés. Ev 49 1 O coração de Cristo Se anima diante dos que são pobres em todas as acepções do vocábulo; alegra-Se ao observar os humildes maltratados; alegra-Se pela aparente insaciada fome de justiça e pela incapacidade de começar, da parte de muitos. Ele acolhe, por assim dizer, o próprio estado de coisas que pode desanimar muitos obreiros. Corrige nossa piedade erradia, entregando a responsabilidade da obra em benefício dos pobres e necessitados, nos lugares inóspitos da Terra, a homens e mulheres cujo coração pode compadecer-se dos ignorantes e dos que vivem em lugares afastados. Ev 49 2 O Senhor ensina a estes obreiros a maneira de tratar aos que Ele deseja que sejam ajudados. Eles serão encorajados, ao verem abrirem-se-lhes portas para entrarem em lugares onde podem fazer trabalho médico-missionário. Tendo pouca confiança em si mesmos, dão toda a glória a Deus. ... Ev 49 3 O povo comum deve tomar seu lugar como obreiros. Compartilhando das tristezas dos seus semelhantes, como o Salvador compartilhou das tristezas da humanidade, eles pela fé O vêem cooperando ao seu lado. -- Testimonies for the Church 7:270-272 (1902). Ev 49 4 Jovens obreiros para lugares difíceis -- Os jovens, rapazes e moças, que se dedicam à obra de ensinar a verdade e de trabalhar pela conversão das almas, devem primeiramente ser revigorados pelo Espírito Santo, e então devem sair fora do arraial, aos lugares menos promissores. O Senhor não confiou aos de pouca experiência, a tarefa de pregar às igrejas. A mensagem deve ser proclamada nos caminhos e valados. -- Manuscrito 3, 1901. Ev 50 1 Homens e mulheres casados, nos campos negligenciados -- Que os casais que conhecem a verdade vão aos campos negligenciados, a fim de que esclareçam outros. Segui o exemplo dos que fizeram trabalho pioneiro em novos territórios. Trabalhai sabiamente nos lugares em que puderdes trabalhar melhor. Aprendei os princípios da reforma da saúde, para que possais capacitar-vos a ensiná-los aos outros. Lendo e estudando os vários livros e revistas sobre o assunto da saúde, aprendei a tratar os doentes, e assim fazer melhor trabalho para o Senhor. -- Carta 136, 1902. Ev 50 2 Trabalho feito pelos residentes em grandes cidades -- Os que, entre nosso povo, residem em grandes cidades, obteriam preciosa experiência se, com a Bíblia nas mãos, e seu coração susceptível às impressões do Espírito Santo, saíssem pelas estradas e encruzilhadas do mundo, transmitindo a mensagem que receberam. -- The Review and Herald, 2 de Agosto de 1906. Ev 50 3 Nas montanhas e nos vales -- Enquanto eu estava em Lakeport, Norte da Califórnia, fiquei profundamente impressionada com o fato de que aqui era um lugar em que uma obra fiel devia ser feita, proclamando-se ao povo a mensagem da verdade. Nesta região montanhosa há muitas almas que necessitam das verdades da mensagem do terceiro anjo. Sob a influência do Espírito Santo, devemos proclamar a verdade para este tempo, entre esses povoados das montanhas e dos vales. Suas solenes advertências devem ecoar e reecoar. E a mensagem precisa ser pregada rapidamente ao povo; deve ser proclamada regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui e um pouco ali. Sem delongas, sábios e inteligentes homens e mulheres devem empenhar-se na obra de semear a semente do evangelho. ... Ev 51 1 O Senhor operará mediante aqueles que apresentam as Escrituras ao povo residente nos lugares afastados, no interior. Apelo aos meus irmãos e irmãs, para que se unam nesta boa obra, trabalhem até que cheguem ao seu término. ... Ev 51 2 A razão pela qual chamo vossa atenção para Lakeport e os povoados de seus arredores, é que estes lugares ainda não receberam a devida impressão relativa à verdade para este tempo. Pode ser que, entre nosso povo, haja pessoas que estejam dispostas a empregar seus recursos para o estabelecimento de campos missionários. A tais pessoas eu diria: Por amor ao Senhor, fazei o que puderdes para ajudar na evangelização. Ainda não investigamos perfeitamente quão grande campo de atividade se encontra aqui, mas Lakeport é um dos lugares que me foram apresentados, necessitados de nossa atenção. Ev 51 3 Tenho muito que dizer em relação a estes núcleos de residências das montanhas. Há semelhantes povoações perto de Washington, onde tal trabalho deve ser feito. Será que nosso povo não trabalhará mais fielmente nos caminhos e valados? Negócios comerciais têm, por muito tempo, absorvido o interesse e as capacidades de tantos adventistas do sétimo dia, que eles estão grandemente desqualificados para fazer a obra de levar a luz da presente verdade diante dos que não a conhecem. Não nos devíamos contentar em permitir que tal condição perdure. Ev 51 4 Há muitos do nosso povo que, se saíssem das cidades, e começassem a trabalhar nesses atalhos e também nos caminhos, recuperariam a saúde física. Apelo aos nossos irmãos para que saiam como missionários, de dois em dois, aos lugares do interior. Ide em humildade. Cristo nos deu o exemplo, e o Senhor certamente abençoará os esforços daqueles que saírem no temor de Deus, proclamando a mensagem que o Salvador deu aos primeiros discípulos: "O reino de Deus está próximo." -- Manuscrito 65, 1908. Ev 52 1 Famílias missionárias para cidades e vilas -- Os irmãos que quiserem mudar de residência, que tiverem em vista a glória de Deus e que sentirem que pesa sobre seus ombros a responsabilidade individual de fazerem o bem aos outros, beneficiando e salvando almas pelas quais Cristo não poupou Sua preciosa vida, devem mudar-se para as cidades e vilas onde existe pouca ou nenhuma luz e onde possam ser de real préstimo e ser uma bênção para os outros, com seu trabalho e com a experiência que têm. Há necessidade de missionários que vão para as cidades e vilas, e lá ergam o estandarte da verdade, para que Deus tenha testemunhas espalhadas por toda a superfície da Terra, a fim de que a luz da verdade penetre os lugares ainda não atingidos, e o estandarte da verdade seja erguido onde não é conhecido. ... Ev 52 2 Jesus não negligenciou as vilas. As Escrituras declaram que Ele "andava de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus". ... Ev 52 3 Ora, não deviam, alguns que estão ociosos aqui (Battle Creek), sair para onde podem representar a Cristo e Sua preciosa verdade? -- The General Conference Bulletin, 20 de Março de 1891. ------------------------Capítulo 4 -- Planos para a campanha pública Seguir o exemplo do evangelista por excelência Ev 53 1 Estudai os métodos de Cristo -- Se já foi indispensável compreender e seguir os corretos métodos de ensino de Cristo, bem como imitar-Lhe o exemplo, este tempo é agora. -- Carta 322, 1908. Ev 53 2 Como Ele se aproximou do povo -- Se quereis aproximar-vos do povo de maneira aceitável, humilhai vosso coração diante de Deus e aprendei Seus métodos. Muito nos instruiremos para nosso trabalho, mediante o estudo dos métodos de trabalho de Cristo, bem como a maneira de Ele Se aproximar do povo. Na história do evangelho temos o relato de como Ele trabalhou em favor de todas as classes e como, ao trabalhar em cidades e vilas, milhares eram atraídos a Ele para ouvirem Seus ensinos. As palavras do Mestre eram claras e distintas, e foram pronunciadas com simpatia e ternura. Elas eram portadoras da certeza de que eram a verdade. Foi a simplicidade e fervor com que Cristo trabalhou e falou, que atraiu a Si tantos ouvintes. Ev 53 3 O grande Professor formulou planos para Sua obra. Estudai estes planos. Encontramo-Lo viajando de um lugar para outro, seguido por multidões de ávidos ouvintes. Quando podia, retirava-os das populosas cidades e levava-os para a quietude do campo. Lá Ele orava com eles, e lhes falava das verdades eternas. -- The Review and Herald, 18 de Janeiro de 1912. Ev 54 1 Nas sinagogas -- à beira-mar -- Cristo "percorria toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o Evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo". Ele pregava nas sinagogas porque assim podia alcançar os muitos que se reuniam lá. Então saía e ensinava à beira-mar e nas grandes estradas movimentadas. As preciosas verdades que Ele tinha a proclamar não deviam ficar limitadas às sinagogas. ... Ev 54 2 Cristo poderia ter ocupado o mais elevado lugar entre os maiores mestres da nação judaica. Mas preferiu anunciar o evangelho aos pobres. Foi de lugar a lugar, para que os dos caminhos e atalhos pudessem apreender as palavras do evangelho da verdade. Ele trabalhou da maneira que deseja que Seus obreiros o façam agora. À beira-mar, nas encostas das montanhas, nas ruas das cidades, Sua voz se fazia ouvir -- ao explicar Ele os escritos do Antigo Testamento. Tão diferentes eram Suas explicações, comparando com as dos escribas e fariseus, que a atenção do povo era atraída. Ele ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas. Com clareza e poder proclamava a mensagem do evangelho. -- Carta 129, 1903. Ev 54 3 Métodos inteiramente Seus -- Assistia às grandes festas anuais da nação, e falava das coisas celestes às multidões absortas nas cerimônias exteriores, trazendo a eternidade ao alcance de sua visão. Dos celeiros da sabedoria tirava tesouros para todos. Falava-lhes em linguagem tão simples, que não podiam deixar de entender. Por métodos inteiramente Seus, ajudava a todos quantos se achavam em aflição e dor. Com graça terna e cortês, ajudava a alma enferma de pecado, levando-lhe saúde e vigor. Ev 55 1 Príncipe dos mestres, buscava acesso ao povo por meio de suas mais familiares relações. Apresentava a verdade de maneira que daí em diante ela estaria sempre entretecida no espírito de Seus ouvintes com suas mais sagradas recordações e afetos. Ensinava-os de maneira que os fazia sentir quão perfeita era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles. Suas instruções eram tão diretas, tão adequadas Suas ilustrações, Suas palavras tão cheias de simpatia e animação, que os ouvintes ficavam encantados. A simplicidade e sinceridade com que Se dirigia aos necessitados santificava cada palavra. -- A Ciência do Bom Viver, 22-24 (1905). Ev 55 2 Jesus observava a fisionomia -- Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e compreensivo olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia. -- Educação, 231 (1903). Ev 55 3 Apelo da humanidade caída -- Em cada ser humano, apesar de decaído, contemplava um filho de Deus, ou alguém que poderia ser restaurado aos privilégios de seu parentesco divino. -- Idem, 79 (1903). Ev 55 4 Simplicidade, forma direta, repetição -- Os ensinos de Cristo eram a própria simplicidade. Ensinava como tendo autoridade. Os judeus aguardavam o primeiro advento de Cristo e afirmavam que deveria ser com todas as ostentações de glória que deverão acompanhar Sua volta. O grande Mestre proclamou a verdade aos homens, muitos dos quais não podiam ser educados nas escolas dos rabis, nem na filosofia grega. Jesus exprimia a verdade de maneira simples, direta, dando força vital e ênfase a tudo quanto dizia. Houvesse Ele levantado a voz num tom fora do natural, como costumam fazer muitos oradores atualmente, a emoção e a melodia da voz humana se teriam perdido e muita da força da verdade seria destruída. ... Ev 56 1 Em Seus discursos, Cristo não lhes apresentou muitas coisas de uma vez, para não lhes confundir a mente. Fez com que cada ponto se tornasse claro e distinto. Não menosprezava as repetições de antigas e familiares verdades proféticas, se elas servissem ao Seu propósito de inculcar as idéias. -- Manuscrito 25, 1890. Ev 56 2 Ele cativava os maiores intelectos -- Conquanto as grandes verdades pronunciadas por nosso Senhor fossem apresentadas em linguagem simples, eram revestidas de tal beleza, que interessavam e cativavam os maiores intelectos. Ev 56 3 A fim de fazer uma verdadeira representação do misericordioso, terno e amável cuidado do Pai, Jesus apresentou a parábola do filho pródigo. Embora Seus filhos caiam em falta e se extraviem dEle, se se arrependerem e voltarem, Ele os receberá com a alegria manifestada por um pai terrestre, ao receber um filho há muito perdido que, arrependido, voltou para casa. -- Manuscrito 132, 1902. Ev 56 4 As crianças entendiam -- A maneira de Cristo pregar a verdade não pode ser aperfeiçoada. ... As palavras de vida eram apresentadas com tanta simplicidade que uma criança podia entendê-las. Os homens, as mulheres e as crianças sentiam-se tão impressionados com Sua maneira de explicar as Escrituras que adquiriam a mesma entonação de Sua voz, colocavam a mesma inflexão em suas palavras e Lhe imitavam os gestos. Os jovens Lhe apreendiam o espírito de ministério e procuravam seguir-Lhe as maneiras graciosas, esforçando-se para prestar assistência aos que viam em necessidade de auxílio. -- Conselhos Sobre Saúde, 498, 499 (1914). Ev 57 1 Ele colocou de novo as preciosas pedras na estrutura da verdade -- Em Seus ensinos, Cristo não sermonizava, como fazem os ministros atualmente. Sua tarefa era a de edificar sobre a estrutura da verdade. Ele ajuntou as preciosas pedras da verdade, de que o inimigo se havia apossado e colocado na estrutura do erro, recolocando-as na estrutura da verdade, para que todos os que recebessem a palavra fossem por ela enriquecidos. -- Manuscrito 104, 1898. Ev 57 2 Ele reforçou a mensagem -- Cristo sempre estava disposto para responder ao sincero inquiridor da verdade. Quando Seus discípulos se dirigiam a Ele, pedindo explicação sobre qualquer palavra que Ele havia falado à multidão, Jesus com alegria repetia a lição. -- Carta 164, 1902. Ev 57 3 Cristo atraiu pelo amor -- Cristo atraiu a Si o coração de Seus ouvintes, pela manifestação de Seu amor e então pouco a pouco, à medida que iam podendo suportar, Ele lhes desdobrava as grandes verdades do reino. Nós também devemos aprender a adaptar nossas atividades às condições do povo -- para encontrar os homens onde eles se acham. Conquanto os requisitos da lei de Deus devam ser apresentados ao mundo, não obstante nunca nos devemos esquecer de que o amor, o amor de Cristo, é o único poder capaz de abrandar o coração e levá-lo à obediência. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1890. Ev 57 4 Ele restringia a verdade -- O grande Mestre tinha em mãos todo o esquema da verdade, mas não o desvendava inteiramente aos Seus discípulos. Revelava-lhes unicamente os temas que lhes eram necessários para o avanço na senda do Céu. Havia muitas coisas a cujo respeito Sua sabedoria O manteve sigiloso. Ev 57 5 Assim como Cristo reteve de Seus discípulos muitas coisas, sabedor que era de que então lhes seria impossível entender, também hoje retém Ele de nós muitas coisas, pois conhece a capacidade limitada de nossa compreensão. -- Manuscrito 118, 1902. Ev 58 1 Em entrevistas pessoais -- A obra de Cristo compunha-se sobretudo de entrevistas pessoais. Manifestava Ele fiel consideração ao auditório de uma única pessoa; e essa única pessoa levou a milhares a compreensão recebida. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1899. Ev 58 2 Nos banquetes -- Quando convidado para um banquete, Cristo aceitava o convite para enquanto estivesse sentado à mesa semear no coração dos presentes a semente da verdade. Sabia Ele que a semente assim semeada brotaria e produziria frutos. Sabia que alguns dos que estavam sentados à mesa com Ele atenderiam depois ao Seu convite: "Segue-Me." Temos o privilégio de estudar o método de ensino de Cristo, ao ir Ele de uma para outra localidade, semeando por toda parte as sementes da verdade. -- Manuscrito 113, 1902. Ev 58 3 O método de Cristo de cuidar do interesse despertado -- Cristo enviava Seus discípulos dois a dois, a lugares a que Ele iria depois. -- Manuscrito 19, 1910. Ev 58 4 Era correto o método de Cristo? -- A Majestade do Céu viajava de uma localidade para outra a pé, ensinando ao ar livre, nas praias e nos montes. Assim atraía a Si o povo. Somos nós maiores que nosso Senhor? Era correto o Seu método? Temos nós estado a agir nesciamente ao manter a simplicidade e a piedade? Ainda não aprendemos a lição como devêramos. Cristo declara: Tomai sobre vós o Meu jugo de sujeição e obediência, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve. -- Carta 140, 1898. Ev 58 5 Moldando e corrigindo a obra dos discípulos -- A obra dos discípulos precisava ser moldada e corrigida pela mais terna disciplina, e pela comunicação a outros do conhecimento da palavra que eles mesmos haviam recebido; e Cristo lhes deu instrução especial quanto à maneira de procederem em seu trabalho. Em Sua própria vida dera-lhes um exemplo de estrita conformidade com as regras que agora lhes traçava. Não deveriam empenhar-se em discussões. Não era esse o seu trabalho. Tinham que revelar e defender a verdade no próprio caráter deles, por meio de ardente oração e meditação, revelando experiência pessoal em genuíno cristianismo. Isto estaria em flagrante contraste com a religião dos fariseus e saduceus. Deviam atrair a atenção de seus ouvintes para as verdades ainda maiores que estavam para ser reveladas. Deviam lançar a seta, e o Espírito de Deus a dirigiria ao coração. -- The Review and Herald, 1 de Fevereiro de 1898. Planejar e expandir o evangelismo Ev 59 1 O tempo para uma obra intensiva -- A todos os povos e nações e tribos e línguas deve a verdade ser proclamada. Chegou o tempo de ser feito muito trabalho intensivo nas cidades e em todos os campos negligenciados e não trabalhados. -- The Review and Herald, 23 de Junho de 1904. Ev 59 2 Planos sábios -- Requer-se agora trabalho diligente. Nesta crise, nenhum esforço incompleto será bem-sucedido. Em todo o nosso trabalho nas cidades, devemos sair em busca de almas. Planos sábios têm que ser ideados, a fim de que esse trabalho seja feito com o melhor proveito possível. -- The Review and Herald, 27 de Setembro de 1906. Ev 59 3 Rumo de águas mais profundas -- Há os que pensam que têm a obrigação de pregar a verdade, mas não ousam aventurar-se a sair da praia, e não pescam nenhum peixe. Preferirão andar entre as igrejas, repassando sempre o mesmo terreno. Informam que apreciaram muito, que fizeram uma boa visita, mas em vão esperamos pelas almas que estariam convertidas à verdade por meio de sua cooperação. Esses ministros navegam próximo demais à praia. Avancem eles para o mar alto, e lancem as redes onde estão os peixes. Não há falta de trabalho para ser feito. Poderia haver centenas empregados na vinha do Senhor, onde há agora um único. -- The True Missionary, Fevereiro de 1874. Ev 60 1 Um repto aos líderes -- Pergunto aos que têm a seu cargo nossa obra: Por que são desprezadas tantas localidades? Vede as vilas e cidades ainda não trabalhadas. Existem na América, não apenas no Sul, mas no Norte, muitas grandes cidades ainda não trabalhadas. Em cada cidade da América deveria haver algum memorial de Deus. Mas eu poderia mencionar muitos lugares em que a luz da verdade ainda não brilhou. Os anjos do Céu esperam que os instrumentos humanos penetrem nos lugares a que ainda não foi levado o testemunho da verdade presente. -- The Review and Herald, 30 de Dezembro de 1902. Ev 60 2 Limpar terreno novo -- fundar novos centros -- Preparai obreiros para saírem pelos caminhos e valados. Precisamos de jardineiros peritos que transplantem árvores para as diferentes localidades e lhes dêem condições propícias para que cresçam. Tem o povo de Deus o imperativo dever de ir às regiões afastadas. Sejam postas a trabalhar as forças que limpem o terreno, para fundarem-se novos centros de influência onde quer que seja encontrada uma oportunidade. -- Manuscrito 11, 1908. Ev 60 3 Avançar além dos centros endurecidos para o evangelho -- Lembremo-nos de que como povo a quem foi confiada a sagrada verdade, temos sido negligentes e positivamente infiéis. O trabalho foi confinado a uns poucos centros, até que neles o povo ficou endurecido para o evangelho. Difícil é impressionar os que escutaram tanto a verdade e não obstante a rejeitaram. Numas poucas localidades se fez despesa excessiva, ao passo que muitas, muitas cidades foram deixadas não advertidas nem trabalhadas. Ev 61 1 Tudo isso está contra nós agora. Houvéssemos feito esforços ardorosos para alcançar os que, se convertidos dariam uma boa demonstração do que a verdade presente faria pelos seres humanos, quanto mais avançada estaria nossa obra agora! Não é correto que uns poucos lugares tenham todas as vantagens, ao passo que outros são negligenciados. -- Carta 132, 1902. Ev 61 2 Planos prévios para novos trabalhos -- Oh! Como me parece ouvir a voz dia e noite: "Avançai; acrescentai novo território; penetrai em novos campos com a tenda, e dai ao mundo a última mensagem de advertência. Não há tempo para perder. Deixai Meu memorial em cada lugar aonde fordes. Meu Espírito irá adiante de vós, e a glória do Senhor será vossa retaguarda." Ev 61 3 Existem, não muito distantes daqui, outras cidades que precisam ter uma reunião campal no ano vindouro. Este é o próprio plano de Deus, de como a obra deve ser realizada. Os que por anos tiveram instruções para entrar em novos territórios com a tenda, e celebraram reuniões campais no mesmo local anos a fio, precisam converter-se, porque não dão ouvidos à Palavra do Senhor. -- Carta 174, 1900. Avançando pela fé Ev 61 4 Marchar pela fé -- os meios virão -- Devemos nós esperar que os habitantes dessas cidades venham ter conosco e digam: "Se quiserem vir a nós e pregar, nós os ajudaremos a fazer isto e aquilo"? Eles não sabem coisa alguma de nossa mensagem. O Senhor quer que façamos nossa luz brilhar diante dos homens para que Seu Espírito Santo comunique a verdade aos sinceros de coração que a buscam. À medida que fizermos esta obra, veremos que os meios fluirão aos nossos tesouros, e teremos recursos com que prosseguir com um trabalho ainda mais amplo e de mais vasto alcance. Ev 62 1 Não avançaremos pela fé, tal como se tivéssemos milhares de dólares? Não possuímos nem a metade da fé necessária. Façamos nossa parte no sentido de advertir estas cidades. A mensagem de advertência tem de atingir o povo que está prestes a perecer, inadvertido e sem salvação. Como podemos protelar? Ao avançarmos, virão os recursos. Mas temos de avançar pela fé, confiantes no Senhor Deus de Israel. Ev 62 2 Noite após noite não posso dormir por causa desta responsabilidade que sobre mim pesa em prol das cidades não advertidas. Noite após noite estou orando e buscando idear métodos pelos quais possamos ir a essas cidades e transmitir-lhes a mensagem de advertência. Ora, existe um mundo a ser advertido e salvo, e temos que ir ao Oriente, ao Ocidente, ao Norte e ao Sul, a trabalhar inteligentemente em favor do povo que está ao nosso redor. Ao empreendermos esta obra, veremos a salvação de Deus. Virá incentivo. -- Manuscrito 53, 1909. Ev 62 3 Aproveitar a providência divina de oportunidade -- Se quisermos seguir a providência divina de oportunidade, temos que ter a perspicácia de discernir toda oportunidade, e tirar o proveito máximo de toda vantagem que nos esteja ao alcance. ... Existe um receio de nos aventurarmos e correr riscos nesta grande obra, temendo que o gasto de recursos não produzirá resultados. Que acontecerá se os meios forem usados e não obstante não pudermos ver almas sendo salvas por eles? Que ocorrerá se perdermos uma porção de nossos meios? Melhor é trabalhar e permanecer em atividade do que nada fazer. Não sabeis o que prosperará: se isto se aquilo. Ev 62 4 Decidem os homens investir dinheiro em direitos de patentes e sofrem grandes prejuízos, e isto é considerado ocorrência natural. Mas no trabalho e na causa de Deus, têm os homens receio de aventurar-se. O dinheiro parece-lhes um prejuízo certo que não produz resultados imediatos quando empregado na obra de salvar almas. O próprio dinheiro que agora é tão parcamente empregado na causa de Deus, e retido egoistamente, será dentro em pouco lançado com os ídolos às toupeiras e aos morcegos. O dinheiro logo perderá seu valor com muita rapidez, quando a realidade das cenas eternas forem percebidas pelo homem. Ev 63 1 Deus deseja homens que arrisquem qualquer coisa e todas as coisas para salvar almas. Os que não avançarem sem ver com clareza diante de si cada passo da estrada, não serão os homens indicados neste tempo para fazer avançar a verdade de Deus. Tem de haver agora obreiros que avancem tanto na treva como na luz e se mantenham com bravura sob desânimo e esperanças frustradas e, não obstante, ainda trabalhem com fé, com lágrimas e perseverante paciência, semeando junto a todas as águas, confiantes em que o Senhor produzirá os resultados. Deus exige homens de fibra, esperança, fé e perseverança para trabalharem sem rodeios. -- The True Missionary, Janeiro de 1874. Ev 63 2 Ser fértil em recursos -- Nestes tempos perigosos não devemos desprezar meio algum de advertir o povo. Devemos estar profundamente interessados em tudo quanto possa deter a onda da iniqüidade. Prossegui no trabalho. Tende fé em Deus. -- Carta 49, 1902. Ev 63 3 Não em nossa própria força -- Apelo para vós, irmãos no ministério. Ligai-vos mais intimamente com a obra de Deus. Muitas almas que poderiam ser salvas se perderão, a menos que vos esforceis mais ardorosamente para tornar a vossa obra a mais perfeita possível. Há uma grande obra a ser feita em _____. Poderá parecer que avance vagarosamente e com dificuldade a princípio; mas Deus atuará poderosamente por vosso intermédio se tão-somente vos entregardes inteiramente a Ele. Grande parte do tempo tereis que andar pela fé, e não pelo tato. ... Ev 64 1 Onde quer que estejais e por mais probante que forem as circunstâncias, não faleis em desânimo. Está a Bíblia repleta de valiosas promessas. Não podeis vós crer nelas? Quando saímos para trabalhar em prol das almas, Deus não quer que saiamos à luta por nossa própria conta. Que quer isto dizer? Significa que não devemos sair confiantes em nossa própria força, pois Deus já empenhou Sua palavra de que irá conosco. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 128, 129 (1886). Ev 64 2 Nos dias primitivos -- Mediante a ordem de Deus: "Avançai", avançamos quando as dificuldades a serem superadas faziam parecer impossível a marcha. Sabemos quanto custou executar, no passado, os planos divinos que nos fizeram, como um povo, o que hoje somos. Portanto, seja cada um bastante cuidadoso para não transtornar as mentes no tocante às coisas que Deus ordenou para a nossa prosperidade e bom êxito ao levar avante Sua causa. -- Carta 32, 1892. Ev 64 3 Deixar com Deus os resultados -- A boa semente semeada pode permanecer por algum tempo num coração frio, mundano e egoísta, sem demonstrar haver lançado raízes; mas freqüentemente o Espírito de Deus atua nesse coração e o rega com o orvalho do Céu, e a semente há tanto tempo ali escondida germina e afinal produz fruto para a glória de Deus. Não sabemos em nossa atividade qual prosperará, se esta se aquela. Não são estes assuntos que nós, pobres mortais, devamos resolver. Temos que fazer o nosso trabalho, deixando com Deus os resultados. -- Testimonies for the Church 3:248 (1872). Ev 64 4 Auxiliai as igrejas ativas -- Cada Associação, quer grande quer pequena, é responsável pela obra ardorosa e solene de preparar um povo para a vinda de Cristo. As igrejas na Associação que queiram trabalhar, e necessitem de auxílio para aprender a fazer trabalho eficaz, precisam receber a necessária ajuda. Esteja cada obreiro de Associação bem desperto para fazer com que sua Associação se torne um instrumento dinâmico na promoção da obra de Deus. Torne-se cada membro de igreja um membro ativo para promover os interesses espirituais. Com amor santificado, mediante oração humilde e trabalho ardoroso, devem os ministros desempenhar a sua parte. -- Manuscrito 7, 1908. Ev 65 1 A mão de Deus ao leme -- Terríveis perigos ameaçam quem arca com responsabilidades na causa de Deus -- perigos cuja lembrança me faz tremer. Mas eis que me são dirigidas as palavras: "Minha mão está ao leme, e não permitirei que os homens controlem Minha obra para estes últimos dias. Minha mão está fazendo girar a roda do leme, e Minha providência continuará a executar os planos divinos, independentemente das invenções humanas."... Ev 65 2 Na grande obra de finalização nos defrontaremos com perplexidades que não saberemos contornar, mas não nos esqueçamos de que as três grandes potestades do Céu estão atuando, que a divina mão está posta ao leme, e Deus fará cumprir os Seus desígnios. -- Manuscrito 118, 1902. Ev 65 3 Proteção até à conclusão da obra -- Há um mundo a ser advertido. Vigiai, esperai, orai, trabalhai e não se faça coisa alguma por contenda ou vanglória. Não se faça coisa alguma que aumente o preconceito, mas tudo quanto seja possível para reduzi-lo, deixando entrar a luz, os brilhantes raios do Sol da Justiça, através das trevas morais. Há ainda uma grande obra para ser feita, e todo esforço possível tem de ser feito para revelar Cristo como Salvador que perdoa o pecado, Cristo como quem tomou sobre Si os nossos pecados, Cristo como a resplandecente Estrela da Manhã, e o Senhor nos concederá graça perante o mundo até que a nossa obra esteja concluída. -- Carta 35, 1895. Evangelismo da mais alta espécie Ev 66 1 Com gentil dignidade e simplicidade -- Os que fazem a obra do Senhor nas cidades têm de envidar esforço calmo, perseverante e devotado, em favor da educação do povo. Conquanto devam trabalhar fervorosamente para interessar os ouvintes e conservar esse interesse, têm de ao mesmo tempo precaver-se contra qualquer coisa que se aproxime do sensacionalismo. Nesta época de extravagância e ostentação, em que os homens julgam necessário fazer aparato para conseguir êxito, os escolhidos mensageiros de Deus devem mostrar o erro de gastar meios desnecessariamente, para causar efeito. Ao trabalharem com simplicidade, humildade e gentil dignidade, evitando tudo que seja de natureza teatral, sua obra fará duradoura impressão para o bem. Ev 66 2 Há necessidade, é certo, de despender dinheiro, judiciosamente, em anunciar as reuniões, e em levar a cabo a obra sobre bases sólidas. Contudo, ver-se-á que a força de cada obreiro reside, não nessas manifestações exteriores, mas na tranqüila confiança em Deus, na oração fervorosa a Ele, pedindo auxílio, e na obediência à Sua Palavra. Muito mais oração, muito maior semelhança com Cristo, muito mais conformidade com a vontade de Deus, devem ser introduzidas na obra do Senhor. Demonstrações exteriores e extravagante dispêndio de meios, não realizarão a obra que há por fazer. Ev 66 3 A obra de Deus deve ser levada avante com poder. Precisamos do batismo do Espírito Santo. Precisamos compreender que Deus acrescentará às fileiras de Seu povo homens de habilidade e influência que hão de desempenhar sua parte em advertir o mundo. Nem todos no mundo são iníquos e pecaminosos. Deus tem muitos milhares que não dobraram os joelhos a Baal. Há nas igrejas caídas homens e mulheres tementes a Deus. Se assim não fosse, não seríamos incumbidos de proclamar a mensagem: "Caiu, caiu a grande Babilônia. ... Sai dela, povo Meu." Apocalipse 18:2, 4. Muitos dos sinceros de coração estão suspirando por um sopro de vida do Céu. Eles reconhecerão o evangelho quando lhes for apresentado na beleza e simplicidade com que é apresentado na Palavra de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 346, 347 (1909). Ev 67 1 Obreiros capazes e experimentados para novas cidades -- A tarefa de penetrar lugares novos deve ser confiada a obreiros experimentados. Deve ser seguida uma orientação que mantenha a santa dignidade da obra. Temos que lembrar-nos sempre de que anjos maus buscam oportunidades de nos anular os esforços. Devem as cidades ser trabalhadas. Está iminente uma época de grande provação. Portanto não se entregue ninguém à vaidade. É próprio que os que lutam pela coroa da vida se esforcem legitimamente. Todas as nossas capacidades e todos os nossos talentos devem ser usados na obra de salvar as almas que perecem, conquistando assim outros para se tornarem cooperadores de Cristo. O conhecimento e as energias que o Senhor concedeu a homens e mulheres serão grandemente aumentados à medida que se empenharem na edificação do Seu reino. -- Manuscrito 19, 1910. Ev 67 2 Maneira elevada, distinta, conscienciosa -- Através dos séculos Deus foi minucioso quanto ao desígnio e à consumação de Sua obra. Nesta época, concedeu Ele muita elucidação e instrução ao Seu povo relativamente à maneira em que Sua obra deve ser levada avante -- de maneira elevada, distinta, conscienciosa; e agrada-Se daqueles que, em sua atividade, executam o Seu desígnio. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1905. Ev 67 3 Em nível elevado -- Durante os anos do ministério de Cristo na Terra, mulheres piedosas ajudaram a obra que o Salvador e Seus discípulos estavam promovendo. Se os que se opunham a essa obra houvessem podido encontrar qualquer coisa irregular no procedimento dessas mulheres, isso teria paralisado o trabalho imediatamente. Conquanto, porém, houvesse mulheres trabalhando com Cristo e com os apóstolos, todo o trabalho era dirigido segundo um plano tão elevado que se situava acima da sombra de uma suspeita. Não pôde ser achada ocasião alguma para qualquer acusação. O pensamento de todos estava concentrado nas Escrituras, não em pessoas. A verdade era proclamada com sabedoria e com tanta clareza que todos a compreendiam. ... Ev 68 1 Existe nesta mensagem uma bela coerência que apela para a razão. Não podemos permitir a existência entre nós de elementos excitáveis que se exibam de maneira que nos destrua a influência para com aqueles a quem queremos atingir com a verdade. -- Manuscrito 115, 1908. Ev 68 2 Evitar métodos vulgares -- Conquanto convenha exercer economia, seja a obra de Deus mantida em sua elevada e nobre dignidade. ... Não rebaixemos a obra de Deus. Seja ela mantida como provindo de Deus, não traga o cunho humano, mas o divino. Em Jesus deve desaparecer a personalidade humana. ... Ev 68 3 Muito tem sido perdido por seguir as idéias errôneas de nossos bons irmãos cujos planos eram acanhados, e eles rebaixaram a obra ao nível de sua maneira de pensar peculiar, de forma que as classes mais elevadas não foram alcançadas. A aparência da obra impressionou a mente dos incrédulos, como sendo de muito pouco valor -- alguma cisão desgarrada de teoria religiosa, que não lhes merecia a atenção. Muito se tem perdido por falta de métodos sábios de trabalho. Ev 68 4 Todo esforço tem de ser feito para comunicar dignidade e boa reputação à obra. Esforços especiais devem ser feitos para conseguirmos a boa vontade de homens que ocupam cargos de responsabilidade, sem sacrificarmos nenhum princípio da verdade ou da justiça, mas sacrificando apenas nossos próprios costumes e maneiras de tratar com o povo. Muito mais seria realizado mediante o uso de mais tato e discrição na apresentação da verdade. -- Carta 12, 1887. Ev 69 1 A doutrina deve suportar a inquirição dos grandes homens -- "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna." Cada ponto da verdade sustido por nosso povo terá que suportar a inquirição dos maiores intelectuais; os mais elevados dos grandes homens do mundo serão postos em contato com a verdade, e conseqüentemente todas as nossas interpretações devem ser examinadas rigorosamente e aferidas pelas Escrituras. Agora nos parece estarmos despercebidos; mas nem sempre será assim. Processam-se movimentos no sentido de pôr-nos em evidência, e se nossas teorias da verdade puderem ser reduzidas a cacos pelos historiadores ou pelos maiores homens do mundo, isso será feito. Ev 69 2 Temos que, individualmente, saber por nós mesmos o que é a verdade, e estar preparados para, com mansidão e temor, dar a razão da nossa esperança não com orgulho, vanglória ou pretensão, mas no espírito de Cristo. Aproximamo-nos do tempo em que teremos que permanecer sós, individualmente para responder pela nossa crença. Estão-se multiplicando e entrelaçando com poderio satânico os erros religiosos entre o povo. Quase não resta uma doutrina da Bíblia que não haja sido negada. -- Carta 6, 1886. O evangelista e seus auxiliares Ev 69 3 O evangelismo e os evangelistas -- Quando penso nas cidades em que tão pouco trabalho foi feito, onde há tantos milhares de pessoas por serem advertidas da breve vinda do Salvador, sinto o desejo intenso de ver homens e mulheres saírem para trabalhar com o poder do Espírito, revestidos do amor de Cristo às almas que perecem. ... Ev 69 4 Sinto profunda comoção mental. Em cada cidade há trabalho para ser feito. Às nossas grandes cidades devem ir obreiros e realizar reuniões campais. Nessas reuniões devem ser usados os melhores talentos para que a verdade seja proclamada com poder. Homens de talentos vários devem ser usados. ... Ev 70 1 Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da época em que vive. Deus tem homens que Ele chamará para o Seu serviço -- homens que não farão o trabalho na maneira destituída de vida com que foi conduzido no passado. ... Ev 70 2 Em nossas grandes cidades, deve a mensagem avançar como uma lâmpada acesa. Deus suscitará obreiros para a Sua obra, e Seus anjos irão adiante deles. Ev 70 3 Ninguém impeça estes homens de cumprirem a missão que Deus lhes confiou. Não os impeçais. Deus lhes deu sua obra. Que a mensagem seja proclamada com tanto poder, que os ouvintes se convençam. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1902. Ev 70 4 Há necessidade de homens fortes -- Apelo para os irmãos do ministério, para que considerem este assunto. Homens capazes devem ser indicados para trabalhar nos grandes centros. -- Manuscrito 25, 1908. Ev 70 5 Variedade de talentos -- Em nossas reuniões campais devemos ter oradores que possam produzir boa impressão no povo. A capacidade de um homem, por mais inteligente que ele possa ser, é insuficiente para atender à necessidade. Uma variedade de talentos deve ser usada nestas reuniões. -- Manuscrito 104, 1902. Ev 70 6 Mais um homem -- boa inversão de capital -- O propósito de Deus é que Sua obra seja realizada com segurança. A entrada em novo campo implica em grandes despesas. Mas a despesa extra de um segundo homem para auxiliar ao irmão _____ será uma inversão de capital que produzirá resultados. Insisto sobre este assunto, porque muito se acha empenhado. Oro ao Senhor para que vossa mente se impressione no sentido de fazerdes Sua vontade. -- Carta 261, 1905. Ev 71 1 Reunir grandes auditórios -- O Senhor tem dado a alguns ministros a capacidade de reunir e reter grandes auditórios. À medida que trabalham no temor de Deus, seus esforços serão acompanhados da profunda influência do Espírito Santo nos corações humanos. ... Ev 71 2 Estou encarregada de despertar os vigias. O fim de todas as coisas está próximo. Agora é o tempo aceitável. Que os nossos ministros e presidentes de associações exerçam seu tato e sua habilidade no sentido de apresentar a verdade diante de grande número de pessoas em nossas cidades. Ao trabalhardes em simplicidade, os corações se comoverão. Tende em mente que, quando proclamais a probante mensagem para este tempo, vosso próprio coração será abrandado e vivificado pela enternecedora influência do Espírito Santo e tereis almas ganhas. Quando estiverdes diante de multidões nas cidades, lembrai-vos de que Deus é vosso ajudador, e que, com a Sua bênção, podeis apresentar uma mensagem de tal natureza que alcance o coração dos ouvintes. -- Manuscrito 53, 1910. Ev 71 3 Homens e mulheres para ensinarem a verdade -- Sábios professores -- homens e mulheres que sejam capazes de ensinar as verdades da Palavra -- são necessários em nossas cidades. Que eles apresentem a verdade com toda a sua dignidade sagrada, e com santa simplicidade. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1912. Ev 71 4 Paulo, evangelista itinerante -- A vida de Paulo foi de atividades várias e intensas. De cidade para cidade, de um país para outro, viajava contando a história da cruz, ganhando conversos ao evangelho, e estabelecendo igrejas. -- Obreiros Evangélicos, 58, 59 (1915). Ev 71 5 Obreiros fortes e corajosos -- Homens e mulheres fracos ou idosos não devem ser enviados para trabalhar em cidades populosas e pouco saudáveis. Devem trabalhar onde sua vida não seja sem necessidade sacrificada. Nossos irmãos que pregam a verdade às cidades não devem ser obrigados a pôr em perigo a saúde no barulho, nas correrias e na confusão, se puderem ir para lugares mais distantes. Ev 72 1 Os que se empenham na obra difícil e probante das cidades, devem receber todo encorajamento possível. Que eles não fiquem sujeitos à crítica ferina de seus irmãos. Devemos cuidar dos obreiros do Senhor, daqueles que desvendam a luz da verdade aos que se encontram nas trevas do erro. -- Carta 168, 1909. As vantagens de dois trabalharem juntos Ev 72 2 Jesus enviou irmão com irmão -- Chamando os doze para junto de Si, Jesus ordenou-lhes que fossem dois a dois pelas cidades e aldeias. Nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo. Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se entre si, e orando um com o outro, a força de um suprindo a fraqueza do outro. Da mesma maneira enviou Ele posteriormente os setenta. Era o desígnio do Salvador que os mensageiros do evangelho assim se associassem. Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo mais estritamente seguido. -- O Desejado de Todas as Nações, 350 (1898). Ev 72 3 Os planos de Deus para a obra atualmente -- Quando Jesus enviou Seus discípulos ao trabalho, ... eles não se sentiram como alguns se sentem agora, que preferiam trabalhar sozinhos a ter consigo qualquer pessoa que não trabalhasse como eles. Nosso Salvador compreendia quais os que deviam trabalhar juntos. Ele não juntou ao manso e amado João alguém do mesmo temperamento; mas mandou com ele o ardente e impulsivo Pedro. Estes dois homens não eram semelhantes em sua disposição, nem na maneira de trabalhar. Pedro era pronto e zeloso na maneira de agir, ousado e inflexível, e muitas vezes feria; João era sempre calmo e atencioso para com os sentimentos dos outros, e aparecia depois para atar as feridas e animar. Assim, os defeitos de um eram, em parte, cobertos pelas virtudes do outro. Ev 73 1 Nunca foi o propósito de Deus que, como regra, Seus servos saíssem sozinhos ao campo de trabalho. Para ilustrar: Eis aqui dois irmãos. Não têm o mesmo temperamento; suas idéias não são as mesmas. Um fica em perigo de fazer em demasia; o outro deixa de assumir as responsabilidades que devia. Se ambos se associarem, estas qualidades podem ter uma influência amoldadora sobre cada um deles, de maneira que os extremos de seu caráter não se salientariam tanto em sua obra. Não seria preciso que ambos estivessem juntos em cada reunião; mas poderiam trabalhar em lugares quinze, vinte e cinco ou mesmo cinqüenta quilômetros distantes um do outro -- mas bastante perto, não obstante, para que se um enfrentasse crise, em seu trabalho, pudesse pedir ajuda do outro. Também deviam juntar-se, tão freqüentemente quanto possível, para oração e consulta. ... Ev 73 2 Quando alguém trabalha sozinho continuamente, tem a tendência de ficar pensando que seu método está acima de qualquer crítica, e não sente vontade alguma de ter alguém trabalhando em sua companhia. Mas o plano de Cristo é que alguém esteja ao seu lado, a fim de que a obra não seja amoldada inteiramente pela maneira de pensar de um homem, e os defeitos de seu caráter não sejam considerados como virtudes por ele próprio, nem pelos que o ouvirem. Ev 73 3 A não ser que um pregador tenha ao seu lado alguém com quem ele divida o trabalho, muitas vezes ele ver-se-á em circunstâncias em que será obrigado a transgredir as leis da vida e da saúde. Por outro lado, coisas importantes surgem, às vezes, e ele tem de ser chamado justamente no ponto culminante de um interesse. Se dois estiverem juntos, no trabalho, a obra em tais ocasiões não precisa ser abandonada. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 126, 127 (1886). Ev 74 1 Vantagens do trabalho unido -- Há necessidade de dois trabalharem juntos; pois um pode animar ao outro, e podem aconselhar-se, orar e examinar a Bíblia um com o outro. Nisto podem adquirir uma visão mais ampla da verdade, porquanto um verá um aspecto e o outro, outro aspecto da verdade. Se estiverem em erro, podem corrigir-se mutuamente, tanto na linguagem como na atitude, de modo que a verdade não seja considerada levianamente por causa dos defeitos de seus defensores. Se o obreiro for enviado sozinho, não haverá quem veja e corrija seus erros. Quando, porém, dois saem juntos, pode haver uma obra educativa, e cada um deles se tornará o que deve ser -- um bem-sucedido ganhador de almas. -- The Review and Herald, 4 de Julho de 1893. Ev 74 2 Por que não hoje? -- Por que é que nos afastamos do método de trabalho que foi instituído pelo grande Mestre? Por que é que os obreiros em Sua causa não são hoje enviados de dois em dois? "Oh!", dizeis, "não temos obreiros suficientes para atender ao campo." Então ocupai menos território. Enviai os obreiros aos lugares onde pareça haver oportunidade, e ensinai a preciosa verdade para este tempo. Será que não podemos observar a sabedoria que há em saírem dois juntos, pregando o evangelho? -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1892. O local a ser evangelizado Ev 74 3 "Estudai a localização" -- Entrai nas grandes cidades e criai interesse entre os grandes e os pequenos. Tornai vosso trabalho pregar o evangelho ao pobre, mas não pareis aí. Procurai alcançar também as classes mais elevadas. Estudai vossa localidade tendo em vista deixar a luz irradiar para outros. Essa obra já devia ter sido feita há muito tempo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 400 (1896). Ev 75 1 Trabalhai em salões -- Alugai salões, e transmiti a mensagem com tal poder que os ouvintes se convençam. Deus suscitará obreiros que ocuparão certas esferas peculiares de influência, obreiros que levarão a verdade aos lugares menos promissores. -- Manuscrito 127, 1901. Ev 75 2 Grandes salões em nossas cidades -- Os grandes salões em nossas cidades devem ser alugados, para que a mensagem do terceiro anjo seja proclamada por lábios humanos. Milhares apreciarão a mensagem. -- Carta 35, 1895. Ev 75 3 Os salões mais populares -- Requer dinheiro a proclamação da mensagem de advertência às cidades. É algumas vezes necessário alugar, com grande despesa, os salões mais populares, a fim de que possamos atrair o povo. Então podemos apresentar-lhe a evidência bíblica da verdade. -- Manuscrito 114, 1905. Ev 75 4 Começai com prudência -- Tenho sido e ainda sou instruída com respeito às necessidades do trabalho nas cidades. Devemos silenciosamente contratar o prédio, sem dizer tudo quanto pretendemos fazer. Temos que usar grande sabedoria no que dissermos, não aconteça que surjam barreiras em nosso caminho. Lúcifer é obreiro engenhoso, obtendo acerca de nosso povo todo o possível conhecimento, para que, se possível, derrote os planos formulados para despertar nossas cidades. Em alguns pontos, o silêncio é eloqüência. -- Carta 84, 1910. Ev 75 5 Alugar bons salões -- Em alguns lugares, a obra deve começar pequenina, e avançar lentamente. Isso é tudo quanto os obreiros podem fazer. Em muitos casos, porém, poder-se-ia fazer, com bons resultados, um mais amplo e decidido esforço ao início. A obra na _____ poderia estar muito mais adiantada atualmente, se nossos irmãos não houvessem procurado, ao começo, trabalhar com tanta economia. Se houvessem alugado boas salas, levando avante o trabalho como quem possui grandes verdades, as quais hão de necessariamente triunfar, teriam obtido êxito maior. Deus quer que a obra seja começada de modo que as primeiras impressões dadas sejam, o quanto possível, as melhores. -- Obreiros Evangélicos, 462 (1915). Ev 76 1 Tendas nos lugares mais favoráveis -- Devemos levar a verdade às cidades. Tendas devem ser erguidas nos lugares mais favoráveis, e celebradas reuniões. -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. Ev 76 2 Cuidado com os arredores da tenda -- O Pastor _____ mandou armar em Oakland a tenda grande, destinada às reuniões campais. Durante os preparativos ele estava a postos para dirigir, e trabalhou arduamente a fim de ficarem os arredores tão atraentes quanto possível. -- Carta 352, 1906. Ev 76 3 As vantagens de um pavilhão desmontável -- Eu gostaria que tivésseis um pavilhão desmontável para reuniões. Isto seria muito mais conveniente para vosso trabalho do que uma tenda, especialmente nas estações chuvosas. -- Carta 376, 1906. Centros avançados Ev 76 4 De centros avançados -- É o propósito de Deus que nosso povo se localize fora das cidades e, destes centros avançados, advirta as cidades e erga nelas memoriais para o Senhor. Deve haver certa força de influência nas cidades, para que a mensagem de advertência seja ouvida. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1903. Ev 76 5 Como uma barreira contra a influência perniciosa -- Devemos formular planos sábios para advertir as cidades e, ao mesmo tempo, viver onde possamos proteger nossos filhos e a nós mesmos das perniciosas e desmoralizadoras influências tão prevalecentes nestes lugares. -- Life Sketches of Ellen G. White, 410 (1915). Ev 77 1 Propriedades rurais por preço baixo -- Devemos ser prudentes como as serpentes e símplices como as pombas, em nossos esforços no sentido de adquirir propriedades rurais por preço baixo, e destes centros avançados evangelizar as cidades. -- Special Testimonies, Serie B, 14:7 (1902). Ev 77 2 Fácil acesso às cidades -- Sejam designados homens de são juízo, não para publicar à larga suas intenções, mas para investigar tais propriedades em distritos rurais, de fácil acesso às cidades, apropriadas para pequenas escolas de preparo para obreiros, e onde se possam também prover condições para tratamento de enfermos e cansadas almas que não conhecem a verdade. Procurai tais lugares exatamente fora das grandes cidades, onde se possam adquirir edifícios apropriados, seja como doação por parte dos proprietários, ou comprados a preço razoável, com os donativos de nosso povo. Não levanteis edifícios em cidades ruidosas. -- Medicina e Salvação, 308, 309 (1909). Ev 77 3 Trabalhar, mas não morar nas cidades -- A verdade tem de ser pregada, quer os homens a aceitem quer a desprezem. As cidades estão cheias de tentações. Devemos planejar nosso trabalho de tal maneira que mantenhamos os nossos jovens tão distantes quanto possível desta contaminação. Ev 77 4 As cidades devem ser trabalhadas de postos avançados. O mensageiro de Deus disse: "Não serão advertidas as cidades? Sim, não por morar nelas o povo de Deus, mas visitando-as, a fim de adverti-las do que está para sobrevir à Terra." -- Carta 182, 1902. Ev 77 5 Como Enoque fez -- Como guardadores dos mandamentos de Deus, temos que deixar as cidades. Como fez Enoque, devemos trabalhar nas cidades mas não morar nelas. -- Manuscrito 85, 1899. Ev 78 1 Lições aprendidas de Ló e de Enoque -- Quando a iniqüidade predomina numa nação, sempre deve ser ouvida uma voz de advertência e orientação, como a voz de Ló se fez ouvir em Sodoma. Contudo, Ló poderia ter preservado de muitos males a família, se não houvesse estabelecido seu lar naquela pecaminosa e contaminada cidade. Tudo quanto Ló e a família fizeram em Sodoma, poderia ter sido feito por eles, mesmo se tivessem residido num lugar a certa distância da cidade. Enoque andou com Deus, e, a despeito disso, não viveu no meio de qualquer cidade corrompida com todas as espécies de violência e iniqüidade, como Ló em Sodoma. -- Manuscrito 94, 1903. Planos para a evangelização de bairros Ev 78 2 Grandes cidades -- reuniões evangelísticas em diferentes distritos -- Agora é o tempo oportuno para trabalhar nas cidades, pois precisamos alcançar o povo aí. Como um povo temos estado em perigo de centralizar demasiados interesses importantes num só lugar. Isto não é sabedoria nem bom discernimento. Deve criar-se interesse agora nas principais cidades. Muitos centros pequenos devem ser estabelecidos, em vez de uns poucos centros grandes. ... Ev 78 3 Sejam os missionários postos a trabalhar dois a dois em diferentes partes de todas as nossas grandes cidades. Os obreiros em cada cidade devem reunir-se freqüentemente para aconselhamento e oração, a fim de que tenham sabedoria e graça para trabalhar juntos eficaz e harmoniosamente. Estejam todos sobremodo despertos para tirar o máximo de cada possibilidade. Nosso povo deve cingir a armadura e estabelecer centros em todas as grandes cidades. -- Medicina e Salvação, 300 (1909). Ev 79 1 Atingir os distritos não advertidos de nossas cidades -- Deve haver força crescente de instrumentos em operação em todas as partes do campo. Os obreiros devem sair de dois em dois, para que juntos trabalhem em muitas partes de nossas cidades que têm sido deixadas inadvertidas por longo tempo. -- Carta 8, 1910. Ev 79 2 Todas as partes devem ser trabalhadas -- Um grupo de obreiros deve ir a uma cidade e trabalhar fervorosamente, para proclamar a verdade em todos os seus recantos. Devem aconselhar-se entre si, estudando os melhores meios de realizar a obra da maneira mais econômica possível. Têm que fazer um trabalho perfeito e sempre devem manter no mais alto grau o nível espiritual de suas atividades. -- Manuscrito 42, 1905. Ev 79 3 Tendas montadas de novo, a fim de alcançar vários bairros da cidade -- Mais sábia orientação deve ser posta em prática no sentido de localizar as reuniões campais. Não devem ser efetuadas em lugares afastados, pois nas cidades há pessoas que necessitam da verdade. As reuniões campais devem ser celebradas em lugares dos quais o povo de nossas grandes cidades possa ser atingido. ... Ev 79 4 As reuniões campais devem ser celebradas nas cidades ou perto delas; ora os obreiros podem erguer a tenda numa parte da cidade, ora noutra parte. Bem às portas de nossa casa se encontram pagãos que necessitam ouvir a mensagem de advertência. Nas grandes cidades da América devem ser erguidos memoriais para Deus. -- Carta 164, 1901. Planos para uma obra permanente Ev 79 5 Arar o solo superficialmente -- colheita reduzida -- Estamos em perigo de espalhar-nos sobre mais território e de começar mais empreendimentos do que possamos atender devidamente, e o resultado será uma tarefa exaustiva que absorverá os recursos. Há um perigo contra o qual nos devemos precaver -- desenvolver demasiado alguns ramos da obra e negligenciar algumas partes importantes da vinha do Senhor. Empreender e planejar grande quantidade de trabalho e nada fazer com perfeição será mau plano. Devemos avançar, mas somente de acordo com a orientação de Deus. Não nos devemos afastar da simplicidade da obra, de modo que percamos a percepção espiritual, e nos seja impossível cuidar de muitos acumulados ramos de trabalho e empreendimentos iniciados, sem sacrificar os melhores auxiliares, a fim de manter tudo em ordem. A vida e a saúde devem ser consideradas. Ev 80 1 Conquanto sempre preparados para aproveitar a oportunidade que a providência de Deus nos depara, não devemos formular maiores planos em lugares em que nossa obra esteja representada, nem ocupar mais território do que permitam o auxílio e os meios para rematar bem o trabalho. Arar superficialmente significa colheita reduzida e esparsa. Perseverai, aumentando o interesse já começado, até que a nuvem avance, e então segui-a. Enquanto haja planos mais amplos e mais campos constantemente aparecendo para os evangelistas, nossas idéias e opiniões devem ampliar-se com respeito aos obreiros que tenham de trabalhar nos novos campos da vinha do Senhor, a fim de encaminharem almas para a verdade. -- Carta 14, 1886. Ev 80 2 Espalhados demais -- Não permitais que os recursos de que dispondes sejam gastos em tantos lugares, que em nenhum deles se possa fazer qualquer coisa satisfatória. É possível os obreiros espalharem seus esforços sobre tanto território, que nada se faça devidamente mesmo nos lugares em que, pela orientação do Senhor, a obra devesse ser reforçada e aperfeiçoada. -- Carta 87, 1902. Ev 80 3 Precisão nos pormenores evangelísticos -- Se nosso temperamento dinâmico empreende realizar grande quantidade de trabalho, sem que tenhamos força nem a graça de Cristo para fazê-lo inteligentemente, com ordem e exatidão, tudo quanto realizarmos revelará imperfeição, e a obra é constantemente prejudicada. Deus não é glorificado, embora o motivo seja bom. Há falta de sabedoria, falta esta que se revela com muita clareza. O obreiro se queixa de constantemente ter encargos demasiado pesados, quando Deus não Se agrada de vê-lo assumir estas responsabilidades. E ele faz com que sua própria vida seja de lamentação, ansiedade e queixa, porque não deseja aprender as lições que Cristo lhe deu: de tomar sobre si o Seu jugo e assumir as Suas responsabilidades, de preferência a tomar o jugo e assumir as responsabilidades de sua própria invenção. ... Ev 81 1 Deus precisa de obreiros inteligentes, que façam seu trabalho sem precipitação, mas cuidadosa e cabalmente, sempre preservando a humildade de Jesus. Os que dedicam meditação e empenho aos seus mais altos deveres, devem também dedicar cuidado e atenção aos deveres menores demonstrando exatidão e diligência. Oh! quanto trabalho é feito negligentemente! Quanta coisa se deixa por terminar, porque há o constante desejo de fazer trabalho mais importante! A obra é desonrada naquilo que se relaciona com o serviço de Deus, porque acumulam tanto trabalho diante de si, que coisa alguma é feita cabalmente. Mas todo o trabalho tem de sofrer o escrutínio do Juiz de toda a Terra. Os menores deveres relacionados com a obra do Senhor assumem importância porque são o serviço de Cristo. -- Carta 48, 1886. Ev 81 2 Não despertar novos interesses antes de concluir os primeiros -- Não devemos planejar grandes empreendimentos quando temos pouca capacidade para concluir o trabalho já começado. Não iniciemos novos trabalhos antes do devido tempo, para que não absorvamos em outros lugares os meios que seriam usados para consolidar a obra em _____. O interesse despertado naquele lugar deve ser firmemente estabelecido, antes de entrar em outro território. -- Carta 87, 1902. Ev 82 1 A manutenção do interesse pela mensagem -- As experiências desta reunião, com o que me tem sido apresentado, em várias ocasiões, relativamente à realização de reuniões campais em grandes cidades, fazem com que eu vos advirta que maior número de reuniões campais seja levado a efeito cada ano, mesmo que algumas delas sejam pequenas, porque estas reuniões serão poderoso instrumento no sentido de atrair a atenção das massas. Mediante reuniões campais realizadas nas cidades, milhares serão chamados a ouvir o convite para o banquete: "Vinde, que já tudo está preparado." Ev 82 2 Depois de despertar o interesse, não devemos suspender as reuniões, desarmando as barracas e fazendo o povo pensar que as reuniões terminaram, justamente quando centenas de pessoas estão ficando interessadas. É justo que o maior bem seja realizado mediante trabalho fervoroso e diligente. As reuniões devem ser celebradas de modo que o interesse público seja mantido. Ev 82 3 Pode ser difícil, algumas vezes, conservar os principais oradores por algumas semanas, para desenvolver o interesse despertado pelas conferências; pode ser dispendioso continuar a ocupar o terreno, bem como manter suficiente número de tendas de famílias, a fim de continuar com aparência de reuniões campais; pode ser um sacrifício para muitas famílias, permanecerem no local, para auxiliar os ministros e obreiros bíblicos, tanto nas visitas como dando estudos bíblicos aos que chegam, ou visitando o povo em suas residências, contando-lhes as bênçãos recebidas nas reuniões e convidando-os a irem assistir; mas os resultados compensarão os esforços feitos. É mediante tais fervorosos e diligentes esforços, como estes, que algumas de nossas reuniões campais se têm tornado instrumentos no sentido de estabelecer igrejas ativas e fortes. E é justamente mediante esta fervorosa obra que a mensagem do terceiro anjo tem de ser proclamada ao povo de nossas cidades. -- The Review and Herald, 4 de Abril de 1899. Ev 83 1 Organizar a prorrogação das conferências -- Algumas vezes grande número de oradores vai às reuniões campais por alguns dias; e, justamente quando o interesse do povo está começando a ficar bem despertado, quase todos eles desaparecem e vão a outras reuniões, deixando dois ou três oradores para lutarem contra a deprimente influência da desmontagem e remoção de todas as tendas de famílias. Ev 83 2 Quanto melhor seria, em muitos casos, se as reuniões continuassem por um período mais longo; se viessem pessoas de cada igreja, preparadas para permanecer lá um mês ou mais, ajudando nas reuniões e aprendendo a trabalhar devidamente. Então poderiam regressar para suas igrejas com valiosa experiência. Muito melhor seria se alguns dos oradores que despertam o interesse do povo, por ocasião da assistência mais numerosa, permanecessem para acompanhar o trabalho iniciado, mediante a prorrogação de conferências prolongadas cabalmente organizadas. -- The Review and Herald, 4 de Abril de 1899. Ev 83 3 Deixar a colheita fora do celeiro -- Seria melhor, e produziria maior resultado, se houvesse menor número de reuniões em tenda e uma equipe ou grupo mais forte, com diferentes dons para o trabalho. Então devia haver permanência mais longa onde houver interesse despertado. Tem havido muita pressa em remover as tendas. Alguns começam a ficar favoravelmente impressionados e há necessidade de perseverantes esforços até que a mente deles fique firmada e eles aceitem definitivamente a verdade. Ev 83 4 Em muitos lugares em que as tendas têm sido montadas, os ministros ainda permanecem até que o preconceito comece a desaparecer e alguns, então, escutem com a mente livre de preconceito. Mas justamente nesse tempo retiram o pavilhão e o removem para outro local. Repete-se o ciclo; gastam-se tempo e recursos, e os servos de Deus não podem ver senão pouco resultado obtido do período de reuniões. Poucos, porém, chegam a aceitar a verdade, e os servos de Deus, vendo tão poucos frutos para os animar e alegrar, avivando os dons que possuem, perdem, em lugar de ganhar, força, espiritualidade e energia. -- Testimonies for the Church 1:148 (1857). Ev 84 1 Obreiros visitadores -- Tenho estado a pensar como costumava ser quando o alto clamor da mensagem do primeiro anjo se fez ouvir em Portland e na cidade de Boston. Estes esforços foram seguidos de contínua obra semelhante à que o irmão, o Pastor _____ e a irmã _____, bem como seus auxiliares estão fazendo. Este trabalho é, na verdade, trabalho do Senhor. -- Carta 182, 1906. Ev 84 2 Localizar famílias para manter o interesse despertado -- Então há Toronto [Austrália], lugar de veraneio. Estes lugares estão todos distantes, de quinze a trinta e dois quilômetros de Cooranbong, e devem ser evangelizados, logo que possamos encontrar famílias consagradas, que lá possamos localizar para manter o interesse despertado. Todos estes campos estão maduros para a ceifa, mas não podemos fazer nada sem consagrados obreiros que vão lá, despertem e mantenham o interesse. -- Carta 76, 1899. Ev 84 3 A necessidade de sábia liderança -- Precisa-se de sábia liderança na escolha dos campos de trabalho. Antes de entrar em um campo, devem ser feitos os planos quanto à maneira de cuidar das almas. Quem cuidará dos que aceitarem a verdade? Terão aceitado uma verdade impopular. Quem os educará, depois de terem aprendido seu ABC? Quem moldará espiritualmente sua experiência? Ev 84 4 Trabalhar com muita despesa para trazer almas para a verdade e em seguida deixá-las orientando sua própria vida de acordo com falsas idéias que receberam, entrelaçadas em sua experiência religiosa, será deixar o trabalho em muito piores condições do que se a verdade nunca houvesse chegado até eles. Deixar a obra incompleta e a se desbaratar é pior do que esperar até que haja planos bem formulados para cuidar dos que abraçam a fé. -- Carta 60, 1886. As finanças e o orçamento Ev 85 1 Sentar-se e calcular o custo -- O povo de Deus não deve sair cegamente e empregar os recursos de que não dispõe, nem sabe como obter. Temos que demonstrar sabedoria nas coisas que fizermos. Cristo pôs diante de nós o plano pelo qual Sua obra deve ser dirigida. Os que desejarem construir têm que primeiramente sentar-se e calcular o custo, para ver se podem completar a construção do edifício. Antes de começarem a executar os planos, devem aconselhar-se com sábios conselheiros. Se um obreiro, falhando em raciocinar da causa para o efeito, está em perigo de agir imprudentemente, seus colegas devem falar-lhe palavras de sabedoria, mostrando-lhe qual é seu erro. -- Carta 182, 1902. Ev 85 2 Estrita economia -- Todos os que trabalham em nossas grandes cidades devem ser cuidadosos sobre este assunto -- pois em lugar algum se deve gastar inutilmente o dinheiro. Não é mediante demonstrações espetaculares que os homens e mulheres aprenderão o que a presente verdade encerra. Nossos obreiros devem fazer estrita economia. Deus proíbe qualquer extravagância. Cada dólar em nossas mãos deve ser gasto com economia. Não se deve fazer ostentação. O dinheiro de Deus deve ser usado para levar avante, segundo o Seu modo, a obra que Ele declarou deve ser feita no mundo. -- Carta 107, 1905. Ev 86 1 Começar sem ostentação -- Por que devemos demorar quanto a começar o evangelismo em nossas cidades? Não temos que esperar que se faça alguma coisa maravilhosa, ou que cheguem equipamentos caros, a fim de que se faça grande exibição. Que é a palha em comparação com o trigo? Se andarmos e trabalharmos humildemente diante de Deus, Ele preparará o caminho à nossa frente. -- Carta 335, 1904. Ev 86 2 Evangelismo equilibrado -- Não permita Deus que haja grande dispêndio de meios em alguns lugares, sem considerarmos as necessidades dos muitos campos que pouco auxílio recebem. A abnegação da parte dos irmãos de localidades favorecidas, para que suficiente auxílio seja dado aos campos necessitados, ajudará a realizar uma obra que trará glória para Deus. Ninguém deve permitir que se erga alta torre de influência em uma localidade, enquanto outros lugares ficam sem ser evangelizados. Oxalá nossos sentidos sejam santificados e que aprendamos a aferir nossas idéias pela obra e ensinos de Cristo. -- Carta 320, 1908. Ev 86 3 Manter as despesas de um obreiro -- Nas grandes cidades muitos instrumentos têm que ser postos a trabalhar. Os que se acham em tais condições, que não podem tomar parte no trabalho pessoal, podem interessar-se em pagar as despesas de um obreiro que possa ir. Que os nossos irmãos e irmãs não apresentem desculpas para não tomar parte ativa na obra. Nenhum cristão genuíno vive só para si. -- Manuscrito 128, 1901. Ev 86 4 As igrejas financiam novos trabalhos -- Os que conhecem a verdade devem animar-se uns aos outros, dizendo aos ministros: "Ide ao campo da colheita, no nome do Senhor, e nossas orações vos acompanharão como foices afiadas." Assim nossas igrejas devem dar decidido testemunho em favor de Deus, bem como devem oferecer-Lhe seus donativos e ofertas, para que os que vão ao campo disponham de meios para trabalhar pelas almas. -- Manuscrito 73a, 1900. Ev 87 1 Deus facilita meios para a obra nas cidades -- Tenho recebido mensagens do Senhor, mensagens que repetidamente tenho transmitido ao nosso povo, de que há muitos homens abastados que são susceptíveis à influência e às impressões da mensagem do evangelho. O Senhor tem um povo que ainda não ouviu a verdade. Continuai fazendo a obra, e a propriedade que vai ser doada para o desenvolvimento da verdade seja usada de tal maneira que se estabeleça um centro em _____. Permiti que pessoas consagradas, que nunca revelaram o espírito egoísta e ávido que retém os meios que devem ser usados nas grandes cidades, sejam indicadas para levar avante a obra, porque Deus as reconhece como Seus escolhidos. ... Ev 87 2 Deus tocará o coração de homens abastados quando a Bíblia, e somente a Bíblia, for apresentada como a luz do mundo. Nestas cidades a verdade deve ser proclamada como uma lâmpada acesa. Ev 87 3 Tem sido feita a pergunta: Por que vos tendes especializado no evangelismo para os mais humildes, para as classes mais pobres, enquanto passais pelos homens distintos e de talento? Há um campo todo maduro para a ceifa, e o Senhor dispõe de meios pelos quais este poderá ser evangelizado. Há homens de grande capacidade comercial, os quais aceitarão a verdade, homens que confiam nas Escrituras e que, do tesouro de seu coração, podem apresentar coisas novas e velhas. Guiados pelo Espírito Santo, estes homens se movimentarão de tal maneira que removerão os obstáculos, a fim de que o povo seja advertido da breve volta do Senhor. ... Ev 87 4 Em muitos testemunhos tenho declarado que homens ricos, que possuem o dinheiro de seu Senhor, serão tocados pelo Espírito de Deus para abrirem portas ao desenvolvimento da verdade em grandes cidades. Eles empregarão os bens que lhes foram confiados, para aparelhar o caminho do Senhor, para endireitar no ermo vereda a nosso Deus. Ev 88 1 Os que trabalham nas grandes cidades devem achegar-se, se possível, aos da alta classe do mundo, até mesmo os dirigentes. Onde está nossa fé? Deus me tem apresentado o caso de Nabucodonosor. O Senhor operou com poder, a fim de levar o mais poderoso rei da Terra a reconhecê-Lo como Rei dos reis. Ele tocou a mente do orgulhoso rei, até que Nabucodonosor O reconheceu como "Deus, o Altíssimo", e "Seu reino é um reino sempiterno, e o Seu domínio de geração em geração". -- Carta 132, 1901. Ev 88 2 Pedir dos abastados -- Os que labutam pelos interesses da causa de Deus devem apresentar as necessidades da obra em _____ diante dos homens ricos do mundo. Fazei isto judiciosamente. Dizei-lhes o que estais procurando fazer. Solicitai-lhes donativos. O que eles possuem pertence a Deus e são bens que devem ser usados para o esclarecimento do mundo. Ev 88 3 Há em depósito na terra grandes tesouros de ouro e prata. As riquezas dos homens se acham acumuladas. Ide a esses homens com o coração repleto do amor a Cristo e à humanidade sofredora, e pedi-lhes que vos ajudem na obra que estais procurando fazer para o Senhor. Quando eles virem que revelais os sentimentos da benevolência de Deus, uma corda de seu coração será tocada. Eles chegarão à conclusão de que podem ser a mão ajudadora de Cristo, fazendo trabalho médico-missionário. Serão induzidos a ser cooperadores com Deus, provendo os recursos necessários para pôr em andamento a obra que precisa ser feita. -- Manuscrito 40, 1901. Ev 88 4 Outros, também, devem ser auxiliados -- O Pastor _____ usa com prodigalidade o dinheiro que vai para a manutenção dos obreiros em várias partes do campo. Ele precisa lembrar-se de que outros, além dele, também têm que ter oportunidade de usar seus talentos na obra do Senhor. E devem receber recursos para trabalhar, de maneira que possam agir sem sacrificar a saúde, e mesmo a própria vida. Um obreiro não deve absorver grande soma de dinheiro para executar seu trabalho de acordo com seus próprios planos, deixando seu coobreiro sem os recursos que devia ter para fazer a obra que lhe foi designada. Mesmo que este dinheiro venha de pessoas de fora, ainda pertence ao Senhor. Deus não ordenou que um obreiro deva ter em superabundância, enquanto seu companheiro de trabalho fica tão apertado pela falta de recursos, que nem pode realizar a obra que devia ser feita. -- Carta 49, 1902. Ev 89 1 As almas convertidas provêem os meios -- À medida que homens e mulheres forem trazidos para a verdade nas cidades, os recursos financeiros começarão a aparecer. Tão certo como almas honestas serão convertidas, seus bens serão consagrados ao serviço do Senhor, e veremos nossos recursos aumentarem. -- Manuscrito 53, 1909. Ev 89 2 Formar um fundo de reserva -- O trabalho evangelístico não deve ser realizado da maneira egoísta, com exaltação própria, como tem sido feito pelo Pastor _____. O dinheiro que chega às mãos dos obreiros da causa do Senhor pertence a Deus e deve ser usado de modo econômico. Quando grandes quantias são dadas para a obra, então uma parte destes recursos deve ser posta de reserva, porquanto haverá emergências na grande vinha do Senhor. -- Carta 149, 1901. Ev 89 3 Sábia direção em novos campos -- Há grande importância quanto a começar direito no início da obra. Foi-me mostrado que a obra em _____ tem sido entravada, sem ter o desenvolvimento positivo que devia ter tido se tivesse começado como de direito. Muito mais teria sido feito com diferente orientação, e realmente teriam sido tirados da tesouraria menos recursos. Temos grande e sagrado legado nas elevadas verdades que nos foram confiadas. -- Carta 14, 1887. Ev 90 1 Economia -- mas não em excesso -- Conquanto devamos ser econômicos, todavia não devemos fazer economia em excesso. É uma das coisas tristes e estranhas da vida o fato de grandes erros serem cometidos, algumas vezes, em se levar ao extremo a virtude do altruísmo. É possível os obreiros do Senhor serem presunçosos e se tornarem excessivamente abnegados, a tal ponto que saiam sem suficiente alimento e sem bastante roupa, para que possam fazer com que cada dólar possa ir o mais longe possível. Alguns obreiros trabalham demais e ficam desprovidos de coisas que deviam ter, porque não há os necessários fundos na tesouraria, para o sustento de todos os que deviam estar empregados no campo. Haveria mais dinheiro, se todos trabalhassem de acordo com os preceitos de Cristo: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." -- Carta 49, 1902. Ev 90 2 Evitar a mesquinhez -- O único objetivo a ser conservado em mente é que sois reformadores e não fanáticos. Ao tratardes com os descrentes, não demonstreis um espírito mesquinho, porque se vos detiverdes porfiando por uma quantia pequenina, no fim perdereis muito mais. Eles dirão: "Aquele homem é trapaceiro; ele vos logrará, se conseguir fazê-lo; portanto, cuidado quando tiverdes de fazer qualquer negócio com ele." Mas se em um negócio uma insignificância em vosso favor for posta em benefício de alguém, esse alguém trabalhará convosco seguindo o mesmo generoso plano. Mesquinhez gera mesquinhez; avareza gera avareza. Os que seguem este caminho não podem ver como ele se apresenta desprezível diante dos outros, com especialidade perante os que não são de nossa fé, e a preciosa causa da verdade fica com a marca deste defeito. -- Carta 14, 1887. A direção comercial da campanha Ev 91 1 Os ministros não devem ser sobrecarregados com os negócios -- A cada homem é dado seu trabalho. Os que ingressam no ministério, empenham-se numa obra especial e devem dedicar-se à oração e à pregação da Palavra. Sua mente não deve ser sobrecarregada com assuntos comerciais. Durante anos o Senhor tem estado a me instruir a fim de que eu advirta nossos irmãos do ministério contra o fato de permitirem que sua mente fique preocupada com negócios, de maneira que não disponham de tempo para comunhão com Deus e companheirismo com o Espírito. Um ministro não pode manter-se na melhor condição espiritual enquanto é chamado para resolver pequenas dificuldades nas várias igrejas. Este não é o trabalho que lhe foi designado. Deus deseja usar cada uma das faculdades de Seus escolhidos mensageiros. A mente deles não deve ser cansada por longas reuniões de comissões à noite, porque Deus deseja que todas as suas energias mentais sejam empregadas na proclamação do evangelho, com clareza e com ênfase, como é em Cristo Jesus. Ev 91 2 Sobrecarregado, o ministro quase sempre fica tão atarefado que mal encontra tempo para examinar-se a si mesmo, a fim de verificar se está firme na fé. Muito pouco tempo lhe resta para meditação e oração. Cristo, em Seu ministério, ligou a oração ao trabalho. Noite após noite Ele passou inteiramente em oração. Os ministros devem pedir que Deus lhes dê Seu Santo Espírito, a fim de que possam apresentar devidamente a verdade. -- Manuscrito 127, 1902. Ev 91 3 Questões de negócio resolvidas por homens que tenham capacidade para comércio -- É grande erro manter um ministro, que tem o dom de pregar com poder o evangelho, constantemente ocupado com assuntos comerciais. O que proclama a Palavra da vida não deve permitir que demasiados encargos sejam colocados sobre ele. ... Ev 92 1 As finanças da causa devem ser devidamente cuidadas por homens que tenham habilidade para o comércio: os pregadores e evangelistas, porém, são separados para outro ramo de trabalho. A direção das questões comerciais deve ficar com outros que não os separados para a obra de pregar o evangelho. Nossos ministros não devem ser sobrecarregados com os pormenores comerciais relacionados com a obra evangelística levada a efeito em nossas grandes cidades. Os que estão na direção das associações devem procurar quem tenha capacidade comercial para cuidar dos pormenores financeiros da obra na cidade. Se tais homens não forem encontrados, então que se provejam meios para preparar homens que assumam essas responsabilidades. -- The Review and Herald, 5 de Outubro de 1905. ------------------------Capítulo 5 -- Planejamento das reuniões evangelísticas Métodos e organização Ev 93 1 Uma grande obra por meios humildes -- O impressionante característico das operações divinas é a realização da maior das obras que pode ser feita no mundo com muito humildes meios. É o plano de Deus que cada parte de Seu governo dependa de outra parte; o todo como uma roda dentro de outra, operando em perfeita harmonia. Ele movimenta as forças humanas, fazendo Seu Espírito tocar as invisíveis cordas, e a vibração se faz ouvir até às extremidades do Universo. -- Manuscrito 22, 1897. Ev 93 2 O resultado da ordem e da harmonia de ação é o bom êxito -- Deus é um Deus de ordem. Tudo que se acha em conexão com o Céu, está em perfeita ordem; a sujeição e a perfeita disciplina assinalam os movimentos da hoste angélica. O êxito apenas pode acompanhar a ordem e a ação harmoniosa. Deus requer ordem e método em Sua obra hoje, não menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem fazê-lo inteligentemente, não de maneira descuidada, casual. Ele quer que Sua obra seja feita com fé e exatidão, para que sobre ela ponha o sinal de Sua aprovação. -- Patriarcas e Profetas, 376 (1890). Ev 94 1 Seguir um plano organizado -- É essencial trabalhar com ordem, seguindo um plano organizado e um alvo definido. Ninguém pode instruir devidamente a outros, a não ser que cuide que o trabalho a ser feito seja realizado sistematicamente e em ordem, de maneira que seja terminado no tempo próprio. ... Ev 94 2 Planos bem definidos devem ser francamente apresentados a todos os que tenham que ver com eles, e deve haver a certeza de que tenham sido compreendidos. Então, exigi que todos os que se encontram na direção dos vários departamentos cooperem na execução desses planos. Se este certo e radical método for devidamente adotado e seguido com interesse e boa vontade, então se evitará muito trabalho feito sem qualquer objetivo definido, bem como muito atrito desnecessário. -- Manuscrito 24, 1887. Ev 94 3 Planos bem compreendidos -- O trabalho em que estais empenhados não pode ser realizado, a não ser mediante forças que são o resultado de planos bem compreendidos. -- Carta 14, 1887. Ev 94 4 Previsão, ordem e oração -- É um pecado ser descuidado, sem ideal e indiferente em qualquer trabalho em que nos empenhemos, mas especialmente na obra de Deus. Cada empreendimento relacionado com Sua causa deve ser realizado com ordem, previsão e fervorosa oração. -- The Review and Herald, 18 de Março de 1884. Ev 94 5 Perfeição e presteza -- Será fácil cometer graves faltas, se o negócio não for considerado com inteligente e forte atenção. Conquanto o principiante ou aprendiz seja dinâmico, se não houver, nos vários departamentos, alguém que superintenda, alguma pessoa devidamente qualificada para seu trabalho, então haverá falhas em muitos sentidos. À medida que a obra cresce, será impossível, mesmo ocasionalmente, adiar trabalhos de um dia para outro. O que não se faz no devido tempo, seja nos assuntos sagrados ou nos seculares, corre o grande risco de ficar sem ser feito de maneira alguma; de qualquer maneira, tal trabalho nunca pode ser tão bem realizado como no tempo devido. -- Manuscrito 24, 1887. Ev 95 1 Cada um em sua própria esfera de ação -- A cada homem Deus designou sua obra, de acordo com sua capacidade e habilidades. É preciso ter planos sábios para colocar cada um em sua própria esfera de ação, a fim de que ele possa obter uma experiência que o capacite a assumir responsabilidade crescente. -- Carta 45, 1889. Ev 95 2 Trabalhar como um exército disciplinado -- Lembremo-nos de que somos cooperadores de Deus. Não somos suficientemente sábios para trabalhar sozinhos. Deus nos fez Seus mordomos, para nos provar e nos experimentar, mesmo como provou e experimentou ao Israel antigo. Seu exército não se formará de soldados indisciplinados, impuros e erradios, os quais representariam mal Sua ordem e pureza. -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1901. Ev 95 3 Talento para planejar e trabalhar -- Há necessidade de talento, bem como de capacidade para idealizar, formular os planos e trabalhar harmoniosamente. Desejamos obreiros que trabalhem, não somente pelo benefício próprio, recebendo tudo que podem receber por seu trabalho, porém que labutem com o simples objetivo de glorificar o nome de Deus, de levar avante a obra, com rapidez, em seus diferentes ramos. Esta é uma preciosa oportunidade de revelarem sua consagração pela obra do Senhor, bem como sua capacidade para ela. A cada homem é designado seu trabalho, não com o propósito de glorificar-se, mas para a glória de Deus. -- Manuscrito 25, 1895. Ev 95 4 Planos sábios evitam trabalho demasiado -- Devo apelar para que os obreiros tenham suas atividades planejadas de maneira que não fiquem exaustos pelo excesso de trabalho. -- Carta 17, 1902. Os obreiros encarregados do evangelismo Ev 96 1 A organização de grupos de obreiros -- Deus diz: "Entrai nas cidades. Apresentai aos habitantes destas cidades o convite para o preparo para a vinda do Senhor."... Ev 96 2 Muitos nas cidades ainda se encontram sem a luz da mensagem do evangelho. Os que negligenciam proclamar a última mensagem de advertência sofrerão futuramente profunda tristeza. Minha mensagem é: "Organizem-se grupos para evangelizarem as cidades. Procurai locais apropriados para as reuniões. Fazei circular nossa literatura. Esforçai-vos fervorosamente por alcançar o povo." -- Carta 106, 1910. Ev 96 3 Grupos de obreiros em cada grande cidade -- Em toda grande cidade deve haver um grupo organizado de obreiros bem disciplinados. Não somente um, nem dois, mas dezenas devem ser enviados a trabalhar. ... Ev 96 4 Cada grupo de obreiros deve ficar sob a direção de um competente dirigente, e sempre se deve fazer ver a todos eles que precisam ser missionários no mais alto sentido da palavra Tal trabalho sistemático, sabiamente dirigido, produziria resultados abençoados. -- Medicina e Salvação, 300, 301 (1892). Ev 96 5 Diferentes dons são necessários -- O Senhor deseja que as cidades sejam evangelizadas pelo esforço unido dos obreiros de diferentes habilidades. Todos devem pedir que Jesus os dirija, sem dependerem da sabedoria humana, para que não sejam desviados do seu caminho. -- Testimonies for the Church 9:109 (1909). Ev 96 6 Grupos bem preparados -- Deve haver grupos organizados e muito bem instruídos como enfermeiros, evangelistas, pastores, colportores e estudantes-evangelistas, a fim de aperfeiçoarem o caráter conforme a semelhança divina. -- Idem, 9:171, 172 (1909). Ev 96 7 A direção orienta os homens no trabalho -- Todo o homem que possa trabalhar, trabalhe. O melhor dirigente não é aquele que faz sozinho a maior parte do trabalho, mas o que obtém dos outros a maior produção. -- Carta 1, 1883. A importância do conselho com oração Ev 97 1 Enfrentar os problemas com conselho e oração -- Deve haver alguma coisa a aventurar e alguns riscos a correr por aqueles que se encontram no campo da luta. Não devem sempre achar que só podem agir sob ordens dos dirigentes. Têm que fazer o melhor que podem sob todas as circunstâncias, aconselhando-se todos, com muita oração fervorosa, para que Deus lhes conceda Sua sabedoria. Deve haver a união de todos os esforços. -- Carta 14, 1887. Ev 97 2 Conselhos frequentes -- Relativamente à proclamação da mensagem em grandes cidades, há muitas espécies de trabalho para os obreiros com seus diferentes dons. Alguns devem trabalhar em certas atividades e outros noutras. ... Como coobreiros de Deus, devem procurar estar em harmonia uns com os outros. Deve haver freqüentes conselhos e fervorosa e sincera cooperação. Contudo, todos devem pedir a Jesus que lhes dê sabedoria, sem dependerem somente dos homens para receber orientação. -- Testimonies for the Church 9:109 (1909). Ev 97 3 Um irmão pede conselho a outro irmão -- Como obreiros, devemos aconselhar-nos uns com os outros sobre assuntos difíceis. É direito um irmão pedir o conselho de outro irmão. E é nosso privilégio, depois de fazermos isto, nos ajoelharmos e rogar sabedoria e orientação divina. Quando, porém, uma só voz humana exerce um poder controlador isto é um erro lamentável. -- Carta 186, 1907. Ev 97 4 A revelação de defeitos -- No trabalho dos obreiros, devem eles aconselhar-se uns com os outros. Ninguém deve lançar-se ao trabalho, segundo seu próprio juízo independente, e trabalhar de acordo com seu pensamento, a não ser que tenha dinheiro seu mesmo para gastar. ... Foi-me mostrado que a direção da obra não deve ser confiada a mãos inexperientes. Os que não têm tido bastante experiência, não são os que devam assumir grandes responsabilidades, embora pensem que são capazes de fazê-lo. Seus irmãos podem ver defeitos onde eles próprios só vêem a perfeição. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. Ev 98 1 Os ministros devem tomar tempo para oração -- Sinto-me com a obrigação de apelar para nosso povo, a fim de que se façam todos os esforços no sentido de salvar almas. Necessitamos de mais fé. O coração dos membros de nossa igreja deve abrir-se em oração por aqueles que se acham pregando o evangelho. E os ministros devem tomar tempo para orar por eles mesmos e pelo povo de Deus, a quem estão designados para servir. -- Carta 49, 1903. Ev 98 2 Os períodos de oração trazem encorajamento -- Como obreiros, juntamente busquemos o Senhor. De nós mesmos nada podemos fazer; mediante Cristo, porém, podemos fazer todas as coisas. O propósito de Deus é que sejamos um auxílio e bênção um ao outro, e que sejamos fortes no Senhor e na força do Seu poder. ... Deus vive e reina; e Ele nos dará todo o auxílio de que necessitarmos. É nosso privilégio, em todas as ocasiões, receber força e animação de Sua bendita promessa: "Minha graça te basta." -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 129 (1886). Unidade na diversidade Ev 98 3 O plano de Deus em uma diversidade de dons -- Em todas as disposições do Senhor, não existe nada mais belo do que Seu plano de dar aos homens e às mulheres uma diversidade de dons. A igreja é Seu jardim, adornado de uma variedade de árvores, plantas e flores. Ele não espera que o hissopo fique do tamanho do cedro, nem que a oliveira atinja a altura de uma majestosa palmeira. Muitos têm recebido apenas um limitado preparo religioso e intelectual, mas Deus tem uma obra para esta classe de pessoas, se elas trabalharem com humildade, confiando nEle. -- Carta 122, 1902. Ev 99 1 Qualidades diferentes como as flores -- Das infinitas variedades de plantas e flores, podemos aprender uma importante lição. Nem todas as flores têm a mesma forma, nem a mesma cor. Algumas delas são medicinais. Outras são sempre fragrantes. Há cristãos professos que julgam ser seu dever fazer com que todos os outros sejam semelhantes a eles. Este plano é humano; não é o plano de Deus. Na igreja de Deus há lugar para características tão variadas como as flores do jardim. Em Seu jardim espiritual há muitas variedades de flores. -- Carta 95, 1902. Ev 99 2 Diversidade de idéias -- Diferentes no espírito e nas idéias, um único objetivo deve unir coração a coração -- a conversão de almas à verdade, que atrai todos à cruz. -- Carta 31, 1892. Ev 99 3 Talentos especiais para obra especial -- Um [obreiro] pode ser um bom orador, outro um bom escritor, outro ainda pode possuir o dom da oração sincera, fervorosa, outro o de cantar, e ainda outro a capacidade de expor com clareza a Palavra de Deus. E cada um desses dons se deve tornar numa força em favor de Deus, pois Ele opera por meio do obreiro. A uns dá o Senhor a palavra de sabedoria, a outro conhecimentos, a outro fé; todos, porém, devem trabalhar sob a mesma direção, isto é, tendo Cristo por Cabeça. A diversidade de dons conduz à diversidade de operação; "mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos". 1 Coríntios 12:6. Ev 99 4 O Senhor deseja que Seus escolhidos servos aprendam a se unir num esforço harmônico. Talvez pareça a alguns que o contraste entre seus dons e os de seus coobreiros é demasiado grande para permitir que se unam em esforço assim harmônico; mas, ao lembrarem que há variedade de espíritos a serem atingidos, e que alguns rejeitarão a verdade apresentada por um obreiro, abrindo o coração à verdade de Deus ante o modo diferente de um outro, eles hão de esforçar-se esperançosamente por trabalhar juntos, em união. Seus talentos, conquanto diversos, podem-se achar todos sob a direção do mesmo Espírito. Em toda palavra e ação, manifestar-se-ão bondade e amor; e ao ocupar cada obreiro fielmente o lugar que lhe é designado, a oração de Cristo em favor da unidade de Seus seguidores será atendida, e o mundo conhecerá que esses são Seus discípulos. ... Ev 100 1 Os obreiros nas cidades grandes devem desempenhar suas várias partes, fazendo todo esforço para produzir os melhores resultados. Cumpre-lhes falar com fé e agir de maneira a impressionar o povo. Não devem limitar a obra a suas idéias particulares. Tem-se feito muito isso entre nós, como um povo, e tem servido para afastar o êxito da obra. Lembremo-nos de que o Senhor tem diferentes maneiras de operar, que Ele tem diferentes obreiros a quem confia dons diferentes. -- Testimonies for the Church 9:144-146 (1909). Ev 100 2 O esforço de Satanás para dividir os obreiros -- Logo que começamos trabalho ativo em benefício das multidões nas cidades, o inimigo opera, poderosamente, para estabelecer confusão, esperando assim desbaratar as forças em atividade. Alguns que não são inteiramente convertidos se acham em constante perigo de tomar as sugestões do inimigo como sendo a orientação do Espírito de Deus. Uma vez que o Senhor nos outorgou luz, andemos, pois, na luz. -- Manuscrito 13, 1910. Ev 100 3 Cuidado com os planos de Satanás -- Nem todos os que fazem parte da Obra têm o mesmo temperamento. Não serão homens da mesma educação ou do mesmo preparo, e certamente trabalharão com planos divergentes, uma vez que têm caráter diferente, a não ser que sejam homens convertidos diariamente. Ev 101 1 Cada dia Satanás tem seus planos a executar -- certos ramos que embaraçarão o caminho daqueles que são testemunhas de Jesus Cristo. Ora, a menos que os vivos agentes humanos de Jesus Cristo sejam humildes, submissos e mansos de coração, por terem aprendido de Jesus, cairão ao serem tentados, tão certamente como vivem, pois Satanás é vigilante, perspicaz e usa artimanhas, e os obreiros, se não forem homens de oração, serão apanhados de surpresa. Ele os surpreende, como um ladrão de noite, e os leva cativos. Então opera na mente dos indivíduos, pervertendo suas idéias pessoais e arquitetando os planos deles. E, se os irmãos percebem o perigo e falam disto, eles acham que são vítimas de ataque pessoal e que alguém esteja procurando enfraquecer-lhes a influência. Um puxa para um lado e outro em direção oposta. Ev 101 2 O trabalho tem sido prejudicado; falsos empreendimentos têm sido feitos, e Satanás se tem alegrado. Se o egoísmo não tivesse sido tão cuidadosa e ternamente acariciado, para que encontrasse espaço suficiente para preservar sua dignidade natural, o Senhor poderia ter usado estes caracteres, diferentemente formados, para fazer maior e melhor obra, porque, na diversidade de talentos, mas unidade em Cristo, se revela a força de sua utilidade. Se, como os vários ramos da parreira, se houvessem centralizado no tronco, todos poderiam produzir lindos cachos do precioso fruto. Teria havido perfeita harmonia em sua diversidade, pois são participantes da seiva e fertilidade da parreira. Ev 101 3 O Senhor Se desagrada da falta de harmonia que tem existido entre os obreiros. Ele não pode conceder Seu Santo Espírito, porquanto estão resolvidos a seguir seu próprio caminho, e o Senhor lhes apresenta Seu caminho. Grande desânimo surgirá em seu meio, vindo de Satanás e de seus confederados do mal, mas "todos vós sois irmãos", e é uma ofensa a Deus quando permitis que os vossos maus traços de caráter individuais, não santificados, sejam agências ativas no sentido de desanimar uns aos outros. -- Carta 31, 1892. Ev 102 1 Uni-vos, uni-vos -- O amor-próprio, o orgulho e a presunção são a base das maiores lutas e desinteligências que têm aparecido no mundo religioso. Uma vez após outra, o anjo me disse, "Uni-vos, uni-vos, sede de um mesmo pensamento e do mesmo parecer." Cristo é o dirigente, e vós sois irmãos; segui-O. -- Carta 4, 1890. Ev 102 2 A luta pela supremacia -- Unidos pela confiança, pelos laços do santo amor, o irmão pode receber do irmão todo o auxílio que seja possível receber um do outro. ... Ev 102 3 A luta pela supremacia revela um espírito que, se acariciado, finalmente afastará do reino do Céu aqueles que o alimentarem. A paz de Cristo não pode habitar na mente e no coração de um obreiro que critica e encontra faltas no outro obreiro, simplesmente porque o outro não pratica os métodos que ele considera como melhores, ou porque julga que não está sendo apreciado. O Senhor nunca abençoa aquele que critica e acusa seus irmãos, pois esta é a obra de Satanás. -- Manuscrito 21, 1894. Ev 102 4 Avaliar os dons dos outros -- Meus irmãos, procurai levar sobre vós mesmos o jugo de Cristo. Descei de vossas pernas de pau espirituais e praticai a virtude da humildade. Abandonai toda má suspeita e estai dispostos a ver o valor dos dons que Deus outorgou a vossos irmãos. -- Carta 125, 1903. Ev 102 5 Diferentes em temperamento, mas unidos em espírito -- Em nosso lar não temos dissensão, nem palavras de impaciência. Os que trabalham comigo têm temperamento diferente, e seus costumes e maneiras são diferentes, mas estamos unidos nas ações, e permanecemos unidos em espírito, procurando animar-nos e ajudar-nos uns aos outros. Sabemos que não podemos admitir desavenças por causa da diferença de temperamento. Somos filhinhos de Deus, e rogamos que Ele nos auxilie a viver, não para nos agradarmos a nós mesmos, mas para agradar-Lhe e glorificá-Lo. -- Carta 252, 1903. A aplicação de mais de um método Ev 103 1 Diferentes dons combinados -- Em nossas relações sociais uns com os outros, devemos lembrar-nos de que nem todos possuímos os mesmos talentos, nem temos a mesma disposição. Os obreiros têm planos e idéias diferentes. Diferentes dons, combinados, são necessários para o bom êxito da obra. Lembremo-nos de que alguns podem ocupar certos cargos com melhor resultado do que outros. O obreiro a quem se deu tato e habilidade que o capacitam para o desempenho de algum ramo especial da obra, não deve condenar os outros por não terem capacidade de fazer o que ele, talvez, pode fazer com facilidade. Não haverá coisas que seus coobreiros possam fazer muito melhor do que ele? Ev 103 2 Os vários talentos que o Senhor confiou aos Seus servos são essenciais para Sua obra. As diferentes partes da obra têm que ser juntadas, parte por parte, a fim de formarem um todo completo. As partes de um edifício não são todas as mesmas; nem são elas feitas pelo mesmo processo. Os ramos da obra de Deus não são todos iguais, nem devem ser conduzidos exatamente do mesmo modo. -- Carta 116, 1903. Ev 104 1 A insuficiência dos dons de um homem -- Ninguém imagine que só os seus dons sejam suficientes para a obra de Deus, e que ele, somente, possa realizar uma série de conferências, fazendo o trabalho com perfeição. Seus métodos podem ser bons, mas, não obstante, os diferentes talentos são essenciais. A opinião de um só homem não deve formular e estabelecer a obra de acordo com suas idéias particulares. A fim de ser estabelecida a obra, com firmeza e de modo simétrico, há a necessidade de vários dons e diferentes instrumentos, todos sob a direção do Senhor. Ele instruirá aos obreiros conforme suas várias habilidades. A cooperação e a unidade são essenciais na formação de um todo harmonioso, cada obreiro fazendo o trabalho que Deus designou, ocupando seu devido lugar e suprindo a deficiência de outro. Quando um obreiro fica trabalhando só, há o perigo de ele pensar que seu talento é suficiente para formar um todo completo. Ev 104 2 Onde os obreiros são unidos, há oportunidade de se consultarem mutuamente, de orarem em conjunto e de cooperarem no trabalho. Nenhum deles deve pensar que não pode haver ligação com os irmãos, pelo fato de não trabalharem exatamente no mesmo ramo em que exercem suas atividades. -- Special Testimonies, Série A, 7:14, 15 (1874). Ev 104 3 Onde houver um fraco e outro forte -- O Senhor toca o coração dos ministros que têm vários talentos, para que eles alimentem o rebanho de Sua herança, dando-lhes o alimento apropriado. Eles revelarão a verdade sobre pontos que seu irmão coobreiro não considerou como sendo essenciais. Se a obra de ministrar ao rebanho fosse deixada inteiramente sob os cuidados de um homem, haveria resultados falhos. Em Sua providência, o Senhor faz uso de vários obreiros. Um é forte em algum ponto essencial em que o outro é fraco. -- Manuscrito 21, 1894. Ev 104 4 Não travar as rodas -- Há algumas mentes que não se desenvolvem com a obra, mas permitem a obra avançar bem à sua frente. ... Os que não discernem as crescentes exigências da obra nem se adaptam a elas, não devem estar a travar as rodas e assim impedir o desenvolvimento de outros. -- Carta 45, 1889. Ev 105 1 Os métodos devem ser melhorados -- Não deve haver regras fixas; nossa obra é progressiva, e deve haver oportunidade para os métodos serem melhorados. Sob a direção, porém, do Espírito Santo, a unidade deve ser preservada e sê-lo-á. -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1895. Ev 105 2 Métodos diferentes dos do passado -- Descobrir-se-ão meios para alcançar os corações. Alguns dos métodos usados nesta obra serão diferentes dos que foram usados na mesma no passado; mas não permitamos que alguém, por causa disto, ponha obstáculos no caminho mediante a crítica. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1902. Ev 105 3 Nova vida em métodos antigos -- Há necessidade de homens que orem a Deus pedindo sabedoria e que, sob a orientação divina, possam pôr nova vida nos antigos métodos de trabalho e inventar novos planos e métodos modernos de despertar o interesse dos membros da igreja, alcançando os homens e as mulheres do mundo. -- Manuscrito 117, 1907. Ev 105 4 Limitação do poder de Deus mediante planos só num mesmo sentido -- A espécie de plano que faz de um só homem o centro e o modelo, não pode ser executada nem por ele próprio, nem pelos outros. Não é esta a maneira pela qual Deus opera. ... Quando um homem pensa que sua opinião deva prevalecer nos grandes movimentos da obra de Deus, que suas habilidades devem realizar a maior tarefa, então ele limita o poder de Deus no sentido de executar Seus desígnios na Terra. Ev 105 5 Deus precisa de homens e mulheres que trabalhem na simplicidade de Cristo, a fim de levarem o conhecimento da verdade àqueles que necessitam de seu poder transformador. Mas quando um determinado plano é traçado, para que os evangelistas sejam obrigados a segui-lo, em seus esforços no sentido de proclamar a mensagem, restringe-se assim a utilidade de grande número de obreiros. -- Carta 404, 1907. Ev 106 1 Evitar a rotina -- Os obreiros de Deus devem esforçar-se por ser homens multilaterais; isto é, devem ter amplitude de caráter. Não devem ser homens de visão acanhada, estereotipados com uma única maneira de trabalhar, presos aos mesmos costumes e incapazes de verem e perceberem que suas palavras e a defesa que fazem da verdade têm que variar com a classe de gente com que têm de lidar e com as circunstâncias que surgirem. -- Carta 12, 1887. Ev 106 2 O método é determinado pela classe de pessoas -- Não nos esqueçamos de que diferentes métodos devem ser empregados para salvar diferentes pessoas. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1903. Ev 106 3 Tendes um campo difícil de ser trabalhado, mas o evangelho é o poder de Deus. As classes de pessoas com que lidais indicam a maneira pela qual a obra deva ser realizada. -- Carta 97a, 1901. Ev 106 4 Não destruir a obra dos outros -- Lembrai-vos de que somos cooperadores de Deus. Deus é o agente todo-poderoso e eficaz. Seus servos são instrumentos Seus. Não devem trabalhar um contra o outro, agindo cada um de acordo com suas próprias idéias. Devem trabalhar em harmonia, ajustando-se uns com os outros em bondade, cortesia e disciplina fraternal, em amor mútuo. Não deve haver crítica ferina, nem a destruição do trabalho feito pelos outros. Juntos devem levar avante a obra. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900. Ev 106 5 Advertência aos obreiros de experiência -- Tenho ordem de dizer aos meus irmãos idosos que andem humildemente diante de Deus. Não sejais acusadores dos irmãos. Tendes de fazer o trabalho que vos foi designado, sob a direção do Deus de Israel. A tendência para criticar é o maior dos perigos para muitos. Os irmãos que estais tentados a criticar são chamados a assumir responsabilidades que vós talvez não possais assumir; mas podeis ser seus auxiliares. Podeis prestar grande serviço à causa, se quiserdes, apresentando vossa experiência passada, em relação com o trabalho feito por outros. O Senhor não deu a qualquer de vós a incumbência de corrigir e censurar seus irmãos. ... Ev 107 1 Prossegui, com vossos irmãos, conhecendo mais ao Senhor. Simpatizai com aqueles que assumem pesadas responsabilidades, e animai-os sempre que puderdes fazê-lo. Vossas vozes devem ser ouvidas em harmonia e não em dissensão. -- Carta 204, 1907. A escola de preparo para o trabalho nas cidades Ev 107 2 Lançando os fundamentos da obra -- Antes de uma pessoa se preparar para ensinar a verdade aos que se encontram nas trevas, precisa tornar-se discípulo. ... Quando quer que se faça esforço especial num importante lugar, deve ser estabelecido um sistema de trabalho bem organizado, de maneira que os que desejarem ser colportores e agentes, e os que são habituados a dar estudos bíblicos a famílias possam receber as necessárias instruções. ... Ev 107 3 Deve haver, em ligação com nossas missões, colégios para os que estão prestes a entrar no campo como obreiros. Devem estar certos de que precisam tornar-se quais aprendizes que recebem instruções sobre como trabalhar pela conversão de almas. O trabalho nestas escolas deve ser variado. O estudo da Bíblia deve ocupar o lugar mais importante, e, ao mesmo tempo, deve haver um sistemático treino da mente e das maneiras, para que aprendam a se aproximar do povo da melhor maneira possível. Todos devem aprender a trabalhar com tato, cortesia, bem como com o Espírito de Cristo. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1887. Ev 108 1 O preparo de obreiros durante as séries de conferências -- Um trabalho bem equilibrado, melhor pode ser levado a efeito quando se acha em funcionamento uma escola para preparo de obreiros bíblicos. Enquanto se estão realizando reuniões públicas, deveria haver, ligados à escola ou missão de cidade [estas missões de cidades são centros de trabalho estabelecidos nas grandes cidades, em favor dos decaídos e indigentes] experientes obreiros, de profunda compreensão espiritual, que possam dar instruções diárias aos obreiros bíblicos, e que possam também unir-se, de todo coração, às conferências públicas que se realizam. E à medida que homens e mulheres se convertam à verdade, os que estão na chefia da missão citadina deveriam, com muita oração, mostrar a esses novos conversos como experimentar o poder da verdade em seu coração. Tal missão, sendo sabiamente dirigida, será uma luz brilhando num lugar escuro. -- Obreiros Evangélicos, 364, 365. Ev 108 2 A escola missionária em atividade -- O irmão e a irmã Haskell alugaram uma casa num dos melhores distritos da cidade, e chamaram para perto de si uma família de auxiliares, os quais, dia após dia, saem dando estudos bíblicos, vendendo nossas revistas e fazendo trabalho médico-missionário. Durante os momentos de culto, os obreiros relatam suas experiências. Dão estudos bíblicos no lar, com regularidade, e os jovens e as jovens ligados à missão recebem um preparo prático e completo no sentido de dar estudos bíblicos, bem como em vender nossas publicações. O Senhor tem abençoado seus esforços, pois bom número aceitou a verdade e muitos outros estão profundamente interessados. ... Ev 108 3 Trabalho semelhante devia ser feito em muitas cidades. Os jovens que vão trabalhar nestas cidades devem ficar sob a direção de líderes consagrados e de experiência. Os obreiros devem ter um bom lar, em que possam receber preparo cabal. -- The Review and Herald, 7 de Setembro de 1905. Ev 109 1 Ligados a obreiros de experiência -- Deus chama ministros, obreiros bíblicos e colportores. Nossos rapazes e moças devem sair como evangelistas e obreiros bíblicos, acompanhados de um obreiro de experiência que possa mostrar-lhes como trabalhar eficientemente. -- Manuscrito 71, 1903. Ev 109 2 O método de preparo que Cristo usou -- Em sua associação com o Senhor, os discípulos obtiveram um preparo prático para a obra missionária. Viram como Ele apresentava a verdade, e como tratava das complexas questões que surgiam em Seu ministério. Observavam Seu ministério na cura dos doentes, por onde quer que Ele andava; ouviram-nO pregar o evangelho aos pobres. Em nossos dias, do relatório de Sua vida todos devemos aprender Seus métodos de trabalho. -- Carta 208a, 1902. Ev 109 3 O devido preparo multiplica a eficiência -- Um obreiro que tenha sido preparado e educado para a obra, que seja guiado pelo Espírito de Cristo, realizará muito mais do que dez obreiros que saiam deficientes no conhecimento e que sejam fracos na fé. Um que trabalha em harmonia com o conselho de Deus, e em união com os irmãos, será mais eficiente para fazer bem, do que dez que não se dêem conta da necessidade de confiar em Deus, bem como de agir em harmonia com o plano geral da obra. -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1888. Ev 109 4 O centro de preparo e o trabalho dos continuadores -- Depois que a comunidade tenha sido despertada mediante uma reunião campal bem organizada, então será que os obreiros desarmarão as tendas e sairão para outra reunião campal, deixando o trabalho desfazer-se? Digo: Dividi os obreiros e alguns fiquem à frente, dando estudos bíblicos, colportando, vendendo livretos, etc. Haja uma sede missionária para preparar obreiros, educando-os em cada ramo da obra. Isto impedirá o esfacelamento do trabalho. As boas impressões que os mensageiros de Deus tenham feito no coração e na mente do povo não ficarão perdidas. Ev 110 1 Esta atividade de casa em casa, à procura de almas, buscando a ovelha perdida, é a obra mais importante que pode ser feita. Setenta e cinco almas formaram uma igreja em _____. Damos graças a Deus por isto. Cinqüenta destas aceitaram a verdade desde as reuniões campais. -- Carta 137, 1898. Despertamento e organização da igreja para o trabalho Ev 110 2 Despertar os membros da igreja -- O Senhor não opera agora no sentido de trazer muitas almas para a verdade, por causa dos membros da igreja que nunca se converteram, e dos que uma vez se converteram mas se extraviaram. -- Testimonies for the Church 6:371 (1900). Ev 110 3 Vinte almas em lugar de uma -- Há grande quantidade de cisco trazido para a frente por professos crentes em Cristo, cisco este que obstrui o caminho para a cruz. Não obstante tudo isto, há alguns que são tão profundamente convictos, que vêm vencendo todo o desânimo e suplantam todos os obstáculos, a fim de aceitarem a verdade. Houvessem, porém, os crentes na verdade purificado seu coração pela obediência à mesma, tivessem eles sentido a importância do conhecimento e da polidez das maneiras na obra de Cristo, onde uma alma se salvou teríamos vinte. -- Testimonies for the Church 4:68 (1876). Ev 110 4 Primeiro treinar os membros da igreja -- Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o ministro deve não buscar tanto, a princípio, converter os incrédulos, como exercitar os membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa. Trabalhe com eles individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios experiência mais profunda, e trabalharem por outros. Quando estiverem preparados para apoiar o ministro mediante orações e serviços, maior êxito há de lhe acompanhar os esforços. -- Obreiros Evangélicos, 196 (1915). Ev 111 1 Limpar a estrada do Rei -- Quando um esforço especial para ganhar almas for feito pelos obreiros de experiência, em certa comunidade onde nosso próprio povo mora, repousará sobre cada crente, em tal campo, uma soleníssima obrigação de fazer tudo quanto for possível para limpar a estrada do Rei, eliminando qualquer pecado que possa impedir a cooperação com Deus e com seus irmãos. -- The Review and Herald, 6 Dezembro de 1906. Ev 111 2 Conselhos a igrejas onde se realizam séries de conferências em cidades -- Cerca de quatro anos atrás, quando o Pastor Haskell e outros estavam dirigindo uma escola bíblica de preparo e tendo reuniões noturnas na cidade de Nova Iorque, a palavra do Senhor aos obreiros foi: "Fazei com que os crentes que moram perto do local das reuniões participe da responsabilidade do trabalho. Os crentes devem considerar um dever e privilégio ajudarem para que as reuniões tenham êxito. Deus Se agrada dos esforços que se fazem para pô-los a trabalhar. Deus deseja que cada membro da igreja trabalhe como se fosse Sua mão ajudadora, buscando, mediante ministério de amor, ganhar almas para Cristo."... Ev 111 3 E à igreja em Los Angeles, mais de um ano atrás, quando o Senhor estava poderosamente despertando o povo mediante as reuniões de tenda que se realizavam, foi-lhe enviada a recomendação: "Tenha a igreja em Los Angeles reuniões especiais de oração, diariamente, em favor do trabalho que está sendo feito. A bênção do Senhor virá sobre os membros da Igreja que assim tomarem parte na obra, reunindo-se em pequenos grupos, cada dia, para orarem pelo seu êxito. Desta sorte os crentes obterão graça e a obra do Senhor progredirá." Ev 112 1 É isto que costumávamos fazer. Orávamos por nós mesmos e por aqueles que se achavam à frente da obra. O Senhor Jesus declara que onde estiverem dois ou três reunidos em Seu nome, Ele estará no meio deles, para abençoá-los. Haja, pois, menos falatório e mais oração sincera e fervorosa. Ev 112 2 Temo que o esforço que está sendo feito para a proclamação da verdade em Los Angeles não seja apreciado. Cada homem deve vir ao socorro do Senhor, contra o poderoso inimigo. Onde está sendo feito um esforço especial, como se tem revelado pela obra evangelística realizada em Los Angeles, cada membro da igreja deve aproximar-se de Deus. E todos esquadrinhem seu próprio coração, com a luz que brilha da Palavra. Se o pecado for descoberto, que seja confessado e dele se arrependam. Cada auxiliar precisa estar em boas condições para o trabalho. O Senhor ouvirá e responderá às orações. Não pensem os membros da igreja que devam ser envidados esforços em seu favor, por aquele que é impressionado a trabalhar pelos que têm sido negligenciados, em favor dos quais até aqui não se fizeram esforços especiais. Ev 112 3 Onde tal esforço se faz, como tem sido feito em Los Angeles, os membros da igreja devem desobstruir a estrada do Rei e ajudar com seus meios, na obra a ser feita. E demonstrem que vivem em perfeita harmonia. Estejam de prontidão nas reuniões, preparados e equipados para servir, dispostos a falar com quem quer que esteja interessado. Orem e trabalhem em favor da ovelha perdida. -- The Review and Herald, 20 de Dezembro de 1906. Ev 112 4 Um exemplo aos novos conversos -- Sejam os membros mais antigos um exemplo aos que recentemente aceitaram a verdade. Apelo para os que há muito estão na verdade, para que não ofendam aos novos conversos, vivendo sem religião. Deixem de lado qualquer murmuração e façam uma obra completa em seu próprio coração. Trabalhem o terreno inculto de seu coração e procurem saber o que podem fazer no sentido de desenvolver a obra. ... Ev 113 1 Despertai, despertai e dai aos não convertidos, a evidência de que credes na verdade de origem celestial. Se não despertardes, o mundo não acreditará que praticais a verdade que professais possuir. -- Carta 75, 1905. Ev 113 2 Os membros da igreja devem ajudar -- O Senhor requer que muito maior esforço pessoal seja feito pelos membros da igreja. As almas têm sido negligenciadas, povoados, vilas e cidades não ouviram a verdade para este tempo, porque não foram feitos sábios esforços missionários. ... Nossos pastores ordenados precisam fazer o que puderem, mas não se deve esperar que um homem possa fazer o trabalho de todos os outros. O Senhor designou a cada homem a sua obra. Há visitas a serem feitas, orações a serem elevadas ao Céu e simpatia a ser transmitida; e a piedade -- o coração e a mão -- de toda a igreja deve ser empregada se é que a obra deve ser realizada. Podeis assentar-vos com vossos amigos e, de maneira agradável e social, falar da preciosa fé bíblica. -- The Review and Herald, 13 de Agosto de 1889. Ev 113 3 Arregimentem os ministros as igrejas para o evangelismo -- Algumas vezes os ministros trabalham em excesso; procuram tomar todo o trabalho em suas mãos. Isto os exaure e prejudica; contudo continuam a abarcar tudo. Parece que pensam que só eles devem trabalhar na causa de Deus, ao passo que os membros da igreja ficam ociosos. Esta não é, de maneira alguma, a ordem de Deus. -- The Review and Herald, 18 de Novembro de 1884. Ev 114 1 Os membros da igreja aumentam a força de obreiros -- Como podem nossos irmãos e irmãs continuar a viver perto de grande número de pessoas que nunca foram advertidas, sem planejarem métodos de pôr em atividade todos os instrumentos pelos quais o Senhor possa operar para a glória de Seu nome? Nossos líderes que têm tido longa experiência compreenderão a importância destes assuntos, e podem fazer muito no sentido de aumentar as forças em atividade. Podem planejar alcançar muitos nos caminhos e valados. À medida que empregam calmo, permanente e consagrado esforço para educar os membros da igreja a se ocuparem em trabalho pessoal em favor das almas, onde quer que haja oportunidade favorável, o bom êxito coroará suas atividades. -- Manuscrito 53, 1910. Ev 114 2 Os campos em vossa vizinhança estão maduros -- A verdade triunfará gloriosamente. Comecem as igrejas a fazer a obra que o Senhor lhes designou -- a obra de abrir as Escrituras aos que se encontram nas trevas. Meus irmãos e irmãs, há em vossa vizinhança almas que, se fossem prudentemente trabalhadas, se converteriam. Esforços devem ser feitos em favor dos que não compreendem a Palavra. Tornem-se participantes da natureza divina os que professam crer na verdade, e então verão que os campos estão maduros para o trabalho que pode ser feito por todos aqueles cujo coração esteja preparado por viverem segundo a Palavra. -- Australasian Union Conference Record, 11 de Março de 1907. Ev 114 3 A distribuição de literatura de porta em porta -- Irmãos e irmãs, não quereis vestir a armadura do cristão? "Calçados os pés na preparação do evangelho da paz", estareis preparados para andar de casa em casa, levando a verdade ao povo. Algumas vezes achareis probante fazer esta espécie de trabalho; mas se sairdes com fé, o Senhor irá à vossa frente e permitirá que Sua luz brilhe na estrada que palmilhais. Indo à casa de vossos vizinhos, para venderdes ou oferecerdes nossa literatura, e em humildade ensinar-lhes a verdade, sereis acompanhados pela luz do Céu, a qual permanecerá nestes lares. -- The Review and Herald, 24 de Maio de 1906. Ev 115 1 Organizar grupos para o trabalho -- Em nossas igrejas, formem-se grupos para o trabalho. Não pode haver ociosos na obra do Senhor. Pessoas diferentes devem unir-se na obra como pescadores de homens. E devem procurar arrancar as almas da corrupção do mundo para a salvadora pureza do amor de Cristo. Ev 115 2 A formação de pequenos grupos, como uma base de esforço cristão, é um plano que tem sido apresentado diante de mim por Aquele que não pode errar. Se houver grande número na igreja, os membros devem ser divididos em pequenos grupos, a fim de trabalharem não somente pelos outros membros, mas também pelos descrentes. -- Australasian Union Conference Record, 15 de Agosto de 1902. Ev 115 3 Semelhantes a uma companhia bem treinada de soldados -- Os ministros devem amar a ordem e devem disciplinar-se a si mesmos. Então poderão com êxito disciplinar a igreja de Deus e ensiná-la a trabalhar em harmonia, semelhante a uma companhia bem disciplinada de soldados. Se a disciplina e a ordem são necessárias para uma ação bem-sucedida no campo de batalha, as mesmas são tanto mais necessárias na luta em que estamos empenhados, quanto maior valor tem a vitória a ser ganha e quanto mais elevada é ela em natureza, do que as coisas pelas quais as forças inimigas se batem no campo da luta. No conflito em que pelejamos, interesses eternos estão em jogo. Ev 115 4 Os anjos agem em harmonia. Todos os seus movimentos se caracterizam pela perfeita ordem. Quanto mais nos esforçarmos por imitar a harmonia e a ordem da hoste angélica, tanto mais bem-sucedidos serão os esforços destes agentes celestiais em nosso favor. -- Carta 32, 1892. As relações entre o evangelista e o pastor Ev 116 1 Há necessidade de pastores e de evangelistas -- Deus chama evangelistas. Um verdadeiro evangelista ama as almas. Ele caça e pesca homens. Há necessidade de pastores -- fiéis pastores -- que não lisonjeiem o povo de Deus, nem o tratem com rispidez, mas o alimentem com o pão da vida. Ev 116 2 A obra de cada fiel obreiro fica bem perto do coração dAquele que Se entregou a Si mesmo pela redenção da raça. -- Carta 21, 1903. Ev 116 3 O pastor-evangelista -- Geralmente um homem faz o trabalho que devia ser feito por dois, pois a tarefa do evangelista se combina necessariamente com a do pastor, acarretando uma dupla responsabilidade ao obreiro no campo. -- Testimonies for the Church 4:260 (1876). Ev 116 4 Confiança no novo obreiro -- Não fique temeroso o obreiro, pensando que, por ser apresentado ao povo um novo obreiro, o interesse seja interrompido e a obra em que se encontra ele empenhado seja prejudicada. Ev 116 5 Conservai vossas mãos afastadas da arca; Deus tomará cuidado de Sua obra. Luz adicional resplandecerá dos homens que forem enviados de Deus, homens que são cooperadores de Deus, e os obreiros originais devem receber cordialmente os mensageiros de Deus, tratá-los com consideração e convidá-los para se unirem com eles pregando ao povo. -- Manuscrito 21, 1894. Cuidado contra o excesso de organização Ev 116 6 Movimentar-se não é necessariamente vida -- Não são as teorias ortodoxas, nem o ser membro da igreja, nem a diligente execução de certa rotina de deveres que demonstram evidência de vida. Numa antiga torre na Suíça vi a imagem de um homem que se movimentava como se tivesse vida. Parecia um homem vivo, e eu cochichei quando dele me aproximei, como se ele me pudesse ouvir. Mas conquanto a estátua parecesse viva, não possuía vida verdadeira. Era impulsionada por maquinismo. Ev 117 1 Movimentar-se não é necessariamente vida. Podemos tomar parte em todas as formalidades e cerimônias religiosas; mas, se não estivermos vivos em Cristo, nosso trabalho será sem nenhum valor. O Senhor chama cristãos vivos, trabalhadores e crentes. -- The Review and Herald, 21 de Abril de 1903. Ev 117 2 O trabalho é dificultado por invenções inúteis -- Os homens tornam o trabalho do avançamento da verdade dez vezes mais difícil do que na realidade é, procurando tirar a obra de Deus de Suas mãos para suas próprias mãos finitas. Pensam que devem constantemente inventar alguma coisa para que os homens façam aquilo que supõem que estas pessoas devam fazer. O tempo gasto assim torna sempre o trabalho mais complicado, pois o Grande Obreiro-Chefe é deixado fora de cogitação no cuidado de Sua herança. O homem toma sobre seus ombros a tarefa de consertar os caracteres defeituosos, mas só consegue piorar muito os defeitos. Melhor faria ele se deixasse Deus fazer Sua própria obra, porque Ele não o considera capaz de reformar seu caráter. ... Ev 117 3 Em lugar de lutardes no sentido de preparar determinadas regras e regulamentos, melhor seria se estivésseis orando e submetendo a Cristo vossa própria vontade e vossos planos. Ele não Se agrada quando dificultamos aquilo que Ele fez fácil. Eis o que Ele declara: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." O Senhor Jesus ama a Sua herança, e se o homem não pensar que seja sua a prerrogativa de prescrever regras para seus coobreiros, mas se seguir em sua vida as regras de Cristo, aprendendo Suas lições, então cada obreiro será um exemplo e não um juiz. -- Manuscrito 44, 1894. Ev 118 1 Contrário aos planos humanos -- A menos que os que em _____ podem ajudar sejam despertados ao senso de seu dever, não reconhecerão a operação de Deus quando se fizer ouvir o alto clamor do terceiro anjo. Quando irradiar a luz para iluminar a Terra, em vez de virem em auxílio do Senhor, desejarão cercear Sua obra para atender as suas acanhadas idéias. Permiti-me dizer-vos que o Senhor trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano. Haverá entre nós os que sempre desejarão dominar a obra de Deus, para ditar até que movimentos se farão quando a obra avançar sob a direção do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo. Deus usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas próprias mãos. Surpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele usará para efetuar e aperfeiçoar Sua obra de justiça. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 300 (1885). ------------------------Capítulo 6 -- Conferências públicas Nossa mensagem da verdade presente Ev 119 1 Alcançando grandes congregações -- Devemos esforçar-nos para reunir grandes congregações que ouçam as palavras do ministro do evangelho. E os que pregam a Palavra do Senhor devem falar a verdade. Devem levar seus ouvintes, como se fosse realmente, ao sopé do Sinai, para ouvirem as palavras proferidas por Deus entre cenas de sublime grandeza. -- Carta 187, 1903. Ev 119 2 Dar à trombeta um sonido certo -- Os que apresentam a verdade não devem entrar em qualquer controvérsia. Devem pregar o evangelho com tamanha fé e com tanto fervor que o interesse seja despertado. Pelas palavras que falam, as orações que fazem, a influência que exercem, devem semear sementes que produzirão fruto para a glória de Deus. Não deve haver vacilação. A trombeta tem que dar o sonido certo. A atenção do povo deve ser atraída para a mensagem do terceiro anjo. Os servos de Deus não devem agir à semelhança de sonâmbulos, mas como homens que se preparam para a volta de Cristo. -- The Review and Herald, 2 de Março de 1905. Ev 119 3 A proclamação da verdade -- nossa tarefa -- Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. Ev 120 1 As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra. O mundo precisa ser advertido, e o povo de Deus deve ser fiel ao legado que se lhe confiou. ... Ev 120 2 Deveremos esperar até que se cumpram as profecias do fim, antes de dizermos alguma coisa a seu respeito? Que valor terão nossas palavras então? Deveremos esperar até que os juízos de Deus caiam sobre o transgressor, antes que lhe digamos como evitá-los? Que é de nossa fé na Palavra de Deus? Teremos que ver as coisas preditas se realizarem, antes que acreditemos o que Ele diz? Em raios claros e distintos tem-nos vindo iluminação mostrando-nos que o grande dia do Senhor está bem perto, "próximo, às portas". -- Testemunhos Selectos 3:288, 289 (1909). Ev 120 3 Não percamos o alvo -- Não devemos gastar o tempo inutilmente nesta grande obra. Não devemos errar o alvo. O tempo é muito curto para empreendermos revelar tudo quanto poderia ser descortinado diante de nós. É preciso a eternidade para que possamos compreender todo o comprimento e a largura, a altura e a profundidade das Escrituras. ... Ev 120 4 Ao apóstolo João, na ilha de Patmos, foram reveladas as coisas que Deus desejava que ele apresentasse ao povo. Estudai estas revelações. Nelas há temas dignos de nossa contemplação, grandes e compreensivas lições que todas as hostes angélicas estão agora procurando transmitir. Contemplai a vida e o caráter de Cristo e estudai Sua obra intercessória. Nela há infinita sabedoria, amor infinito, justiça infinita e infinita misericórdia. Há profundidades e alturas, comprimentos e larguras para nossa consideração. Inumeráveis penas foram empregadas para apresentar ao mundo a vida, o caráter e a obra intercessória de Cristo; contudo, cada mente pela qual o Espírito Santo tem operado tem apresentado esses temas numa luz que é límpida e nova, de acordo com a mente e o espírito do agente humano. ... Ev 121 1 Precisamos da verdade tal como se encontra em Jesus, porque queremos que os homens compreendam o que Cristo é para eles e quais são as responsabilidades que nEle são convidados a assumir. Como Seus representantes e testemunhas, precisamos chegar a compreender perfeitamente as verdades salvadoras que se obtêm mediante um conhecimento prático. -- The Review and Herald, 4 de Abril de 1899. Ev 121 2 Dar ênfase a verdades especiais -- Estamos na obrigação de declarar fielmente todo o conselho de Deus. Não devemos tornar menos preeminentes as verdades especiais que nos têm separado do mundo, e nos têm tornado o que somos; pois estão cheias de interesses eternos. Deus nos deu luz com relação às coisas que agora estão ocorrendo no derradeiro remanescente do tempo, e com a pena e com a voz, devemos proclamar a verdade ao mundo, não de maneira tímida, destituída de espírito, mas na demonstração do Espírito e do poder de Deus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 470 (1890). Ev 121 3 Mensagem Adventista do Sétimo Dia -- Nesta época, quando tanto nos aproximamos do fim, tornar-nos-emos tão semelhantes ao mundo, na maneira de viver, que os homens em vão busquem encontrar o professo povo de Deus? Venderá alguém nossos característicos peculiares, como povo escolhido de Deus, por qualquer vantagem que o mundo ofereça? Será considerado de grande valor o apoio dos que transgridem a lei de Deus? Suporão os que Deus denominou Seu povo que haja qualquer outro poder mais forte do que o grande EU SOU? Procuraremos obliterar os pontos distintivos da fé que nos tornou adventistas do sétimo dia? Ev 121 4 Nossa única segurança está em permanecermos constantemente à luz do semblante de Deus. -- Manuscrito 84, 1905. Ev 122 1 Alvissareira mensagem da verdade presente -- Agora, justamente agora, devemos proclamar, com certeza e poder, a mensagem presente. Não deis uma nota dolorosa; não canteis hinos fúnebres. -- Carta 311, 1905. Ev 122 2 Convencidos pelo peso da evidência -- Deus apresenta à mente dos homens preciosas jóias da verdade divinamente estabelecidas, próprias para nosso tempo. Deus salvou estas verdades, da associação do erro, e colocou-as em seu próprio engaste. Quando estas verdades são colocadas em sua correta posição no grande plano de Deus, quando são apresentadas com inteligência e fervor, bem como com reverente respeito, pelos servos do Senhor, muitos conscienciosamente crerão por causa da força da evidência, sem esperarem que cada uma das supostas dificuldades que se apresentam à sua mente seja removida. -- Manuscrito 8a, 1888. Atrair a atenção do público Ev 122 3 Mediante métodos extraordinários -- Nas cidades de hoje, onde existem tantas coisas destinadas a atrair e agradar, o povo não pode se interessar por esforços medíocres. Os ministros designados por Deus hão de achar necessário envidar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões. E quando conseguem reunir grande número de pessoas, têm de apresentar mensagens de caráter tão fora da ordem comum que o povo fique desperto e advertido. Têm de fazer uso de todos os meios que possam ser planejados para fazer com que a verdade sobressaia clara e distintamente. -- Obreiros Evangélicos, 345, 346 (1909). Ev 122 4 Formai planos novos e incomuns -- Cada obreiro na vinha do Senhor deve estudar, planejar, idear métodos, a fim de alcançar o povo onde está. Devemos fazer algo fora do curso comum das coisas. Temos que prender a atenção. Temos de ser intensamente fervorosos. Estamos às vésperas de tempos de luta e de perplexidades, os quais nem foram ainda imaginados. -- Carta 20, 1893. Ev 123 1 Cristo usou vários métodos -- Dos métodos de trabalho usados por Cristo podemos aprender muitas preciosas lições. Ele não seguiu apenas a um método; de várias maneiras procurou atrair a atenção das multidões. E então proclamou-lhes as verdades do evangelho. -- The Review and Herald, 17 de Janeiro de 1907. Ev 123 2 A simples sinceridade atraiu multidões -- Suas mensagens de misericórdia variavam, a fim de ajustar-se ao Seu auditório. Sabia "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado"; pois nos lábios Lhe era derramada graça, a fim de que transmitisse aos homens, pela mais atrativa maneira, os tesouros da verdade. Possuía tato para Se aproximar do espírito mais cheio de preconceitos, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. Por intermédio da imaginação, chegava-lhes à alma. Suas ilustrações eram tiradas das coisas da vida diária, e, conquanto simples, encerravam admirável profundeza de sentido. As aves do céu, os lírios do campo, a semente, o pastor e as ovelhas -- com essas coisas ilustrava Cristo a verdade imortal; e sempre, posteriormente, quando Seus ouvintes viam estas coisas da Natureza, elas Lhe evocavam as palavras. As ilustrações de Cristo repetiam-Lhe continuamente as lições. Ev 123 3 Cristo nunca lisonjeava os homens. Não dizia o que lhes fosse exaltar as fantasias e imaginações, nem os louvava pelas invenções inteligentes; mas pensadores profundos, livres de preconceito, recebiam-Lhe os ensinos, e verificavam que estes lhes punham à prova a sabedoria. Maravilhavam-se ante a verdade espiritual expressa na mais simples linguagem. Os mais altamente instruídos ficavam encantados com Suas palavras, e os incultos tiravam sempre delas benefício. Tinha uma mensagem para os iletrados; e levava os próprios gentios a compreender que tinha para eles uma mensagem. Ev 124 1 Sua terna compaixão caía como um toque de saúde nos corações cansados e aflitos. Mesmo entre a turbulência de inimigos furiosos, era circundado por uma atmosfera de paz. A beleza de Seu semblante, a amabilidade de Seu caráter e, sobretudo, o amor expresso no olhar e na voz, atraíam para Ele todos quantos não estavam endurecidos na incredulidade. Não fora o espírito suave, cheio de simpatia, refletindo-se em cada olhar e palavra, e Ele não teria atraído as grandes congregações que atraiu. Os aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os próprios o interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das verdades que ensinava. O Céu era trazido perto. Anelavam permanecer diante dEle, para terem sempre consigo o conforto de Sua presença. -- O Desejado de Todas as Nações, 254, 255 (1898). Ev 124 2 Atrair e manter grande número de pessoas -- Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em Lhe seguir o trilho, hão de atrair grande número de pessoas, mantendo sua atenção, como Cristo fazia outrora. ... Mas, quando a verdade em seu caráter prático é insistentemente apresentada ao povo porque o amais, almas se convencerão, porque o Espírito Santo de Deus há de impressionar os corações. Ev 124 3 Revesti-vos de humildade: orai para que anjos de Deus vos estejam estreitamente unidos para impressionar a mente do povo; pois não sois vós que dirigis o Espírito Santo, mas Ele deve dirigir-vos a vós. É o Espírito Santo que torna a verdade impressiva. Mantende a verdade prática sempre perante o povo. -- Obreiros Evangélicos, 405 (1900). Ev 125 1 As vantagens de uma aproximação de surpresa em alguns lugares -- O Senhor me mostrou que não era o melhor plano revelar aquilo que iremos realizar, pois logo que nossas intenções fossem conhecidas, nossos inimigos se levantariam para pôr obstáculos. Ministros seriam convidados a virem para resistir à mensagem da verdade. De seus púlpitos advertiriam as congregações, ... dizendo-lhes as coisas que os adventistas pretendem fazer. Ev 125 2 Daquilo que o Senhor me revelou, tenho uma advertência a fazer aos nossos irmãos. Não conservam os generais prudentes suas atividades em estrito segredo, para que o inimigo não descubra seus planos e procure destruí-los? Se o inimigo não tiver conhecimento de seus movimentos -- há vantagem nisto para eles. Ev 125 3 Devemos estudar cuidadosamente o campo e não pensar em seguir os mesmos métodos em todos os lugares. Se agirmos prudentemente, sem nenhum resquício de presunção, sem parar para desafiar o inimigo, se apresentarmos um ponto da verdade após o outro, introduzindo as mais importantes e probantes [verdades], o Senhor cuidará dos resultados. ... Ev 125 4 Esperai; armai as barracas quando chegar o tempo das reuniões campais. Armai-as rapidamente e, então, anunciai as reuniões. Seja qual for que tenha sido vossa prática anterior, não é necessário repeti-la sempre e sempre, da mesma maneira. Deus deseja que sigamos métodos novos e ainda não experimentados. Apresentai-vos rapidamente ao povo -- surpreendei-os. -- Manuscrito 121, 1897. Ev 125 5 Métodos inteligentes -- mas nada de engano -- Não precisais pensar que toda a verdade deva ser pregada de uma vez ou em todas as ocasiões aos descrentes. Deveis planejar cuidadosamente o que tiverdes de dizer, bem como o que tiverdes de silenciar. Isto não é enganar o povo; é trabalhar como Paulo trabalhou. Ele diz: "Sendo astuto, vos tomei com dolo." Deveis variar vosso trabalho, não pensando que devais agir da mesma maneira todas as vezes, em todos os lugares. Vossos métodos podem parecer-vos um êxito, mas se tivésseis saído com mais tato, mais da sabedoria da serpente, então teríeis visto mais resultados reais em vosso trabalho. -- Carta 12, 1887. Ev 126 1 Salão pobre prenuncia derrota -- Estou convencida de que poderíamos ter tido bom auditório se nossos irmãos tivessem adquirido um salão apropriado para acomodar o povo. Mas eles não esperaram muito e, por conseguinte, não receberam muito. Não podemos esperar que o povo venha para ouvir uma verdade impopular, quando se anuncia que as reuniões se realizarão num porão, ou numa salinha que só acomoda 100 pessoas. ... Por sua falta de fé, nossos obreiros às vezes tornam o trabalho muito árduo para eles mesmos. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 200 (1886). Ev 126 2 Segundo a maneira divina -- Não é mediante demonstrações espetaculares que os homens e as mulheres devem aprender o que se compreende por verdade presente. Nossos obreiros devem pôr em prática estrita economia. Deus proíbe toda extravagância. Cada dólar a nossa disposição deve ser gasto com economia. Não se deve fazer grande aparato. O dinheiro de Deus deve ser usado para levar avante, segundo a maneira divina, a obra que Ele declarou ter de ser feita em nosso mundo. -- Carta 107, 1905. Ev 126 3 As exibições não são boa propaganda -- As grandes cidades devem ser advertidas, mas, meu irmão, nem todos os métodos que adotais nesta obra são corretos. Pensais que tendes liberdade de gastar todo o dinheiro que quiserdes para atrair a atenção do povo. Lembrai-vos, porém, que na vinha do Senhor há muitos, muitos lugares a serem evangelizados e que se precisa de cada dólar. Ev 127 1 Deus não Se agrada do grande dispêndio de meios que fazeis na propaganda de vossas reuniões, bem como no aparato realizado em outras atividades de vossa obra. A exibição não está em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. Ele é desonrado pelos vossos dispendiosos preparativos. Às vezes fazeis aquilo que se me apresenta como pôr na panela pedaços de cabaça silvestre. Esta exibição faz com que a verdade tenha o gosto demasiado forte de tal prato. O homem é exaltado. A verdade não progride, mas fica retardada. Homens e mulheres judiciosos podem ver que as representações teatrais não estão em harmonia com a solene mensagem que tendes a apresentar. -- Carta 190, 1902. Ev 127 2 Os métodos dispendiosos dão resultados chocantes -- Cortai as despesas da propaganda de vossas reuniões, e se grande soma de dinheiro for obtida das coletas das reuniões, usai este dinheiro para levar avante as vossas atividades em lugares novos. Ev 127 3 Não contrateis musicistas descrentes, se isto for possível evitar. Reuni cantores que cantem com o espírito e com o entendimento. A exibição extraordinária que às vezes fazeis, aumenta despesas desnecessárias que não podemos exigir sejam pagas pelos irmãos. E chegareis à conclusão de que, depois de certo tempo, os descrentes não desejam mais contribuir para atender a tais despesas. Ev 127 4 Eu vos peço que não continueis com tais dispendiosos métodos de trabalho. Tenho que vos dizer que o Senhor não apóia estes métodos. E nem eles dão o resultado que supondes. -- Carta 51, 1902. Ev 127 5 Precisamos confiar em Deus -- Muito mais está sendo feito pelo universo do Céu, do que podemos imaginar, no sentido de preparar o caminho de maneira que almas se convertam. Precisamos trabalhar em harmonia com os mensageiros do Céu. Precisamos mais de Deus; não precisamos pensar que seja a nossa pregação, nem os nossos sermões que estejam fazendo a obra; precisamos ter a certeza de que se o povo não for alcançado por meio de Deus, então jamais o será. -- Manuscrito 19b, 1890. Ev 128 1 Estudai o método da aproximação -- A obra de ganhar almas para Cristo exige cuidadoso preparo. Não se deve entrar para o serviço do Senhor sem a necessária instrução, e esperar o maior êxito. ... O arquiteto vos dirá quanto tempo levou para compreender a maneira de planejar uma construção elegante e cômoda. E o mesmo se dá com todas as carreiras a que os homens se dediquem. Deveriam os servos de Cristo mostrar menos diligência em preparar-se para uma obra infinitamente mais importante? Deveriam ser ignorantes dos meios e modos a se empregarem para ganhar almas? Requer conhecimento da natureza humana, acurado estudo, meditação e fervorosa oração saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito a seu bem-estar eterno. -- Obreiros Evangélicos, 92 (1915). Métodos de propaganda eficaz e impressionante Ev 128 2 Nossa obra é julgada pela propaganda que fazemos -- A natureza e a importância de nossa obra são julgadas pelos esforços que se fazem no sentido de apresentá-la ao público. Quando estes esforços são poucos, a impressão dada é a de que a mensagem que pregamos não mereça atenção. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 200 (1886). Ev 128 3 Propaganda judiciosa -- Há necessidade, realmente, de gastar com prudência o dinheiro para a propaganda de conferências públicas, levando avante a obra com segurança. Contudo, a força de cada obreiro está, não nestas agências externas, mas na inteira confiança em Deus, na fervorosa oração pedindo-Lhe auxílio, na obediência à Sua Palavra. -- Testimonies for the Church 9:110 (1909). Ev 129 1 Delinear métodos para alcançar o povo -- Há necessidade de obreiros de mente lúcida, que delineiem métodos pelos quais alcancem o povo. Precisa-se fazer alguma coisa no sentido de desfazer o preconceito que existe no mundo, contra a verdade. -- Carta 152, 1901. Ev 129 2 Artigos na imprensa secular -- Os homens darão impressão errônea das doutrinas que cremos e ensinamos como verdade bíblica, e é necessário que sejam feitos sábios planos que nos assegurem o privilégio de inserir artigos na imprensa secular, pois isto será um meio de despertar almas, para que vejam a verdade. Deus suscitará homens que terão a capacidade de semear ao lado de todas as águas. Deus proporcionou grande luz sobre importantes verdades, e ela tem de ir ao mundo. -- Carta 1, 1875. Ev 129 3 Original propaganda para comerciantes -- Com intenso interesse Deus está olhando para este mundo. Ele observa a capacidade que os seres humanos têm para o trabalho. Observando através de séculos, Ele contou Seus obreiros, homens e mulheres, e preparou-lhes o caminho diante deles, dizendo: "Enviarei Meus mensageiros a eles, e eles verão grande luz brilhando no meio das trevas. Ganhos para o serviço de Cristo, eles usarão seus dons para a glória de Meu nome. Sairão para trabalhar para Mim, com zelo e devoção. Mediante seus esforços a verdade falará a milhares, de maneira muito convincente, e homens espiritualmente cegos receberão a luz e verão Minha salvação." Ev 129 4 A verdade será apresentada de tal modo que o que passar correndo poderá lê-la. Descobrir-se-ão meios que possam alcançar os corações. Alguns dos métodos usados nesta obra serão diferentes dos que foram postos em prática no passado; mas ninguém, por causa disto, feche o caminho pela crítica. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1902. Ev 130 1 O uso da imprensa -- Temos que fazer uso de todos os meio lícitos para apresentar a verdade ao povo. Lancemos mão da imprensa e ponhamos em ação toda propaganda que sirva para atrair a atenção do povo. Isto não deve ser considerado como sendo coisa de somenos importância. Em cada esquina de rua podeis ver placas e anúncios, chamando a atenção para várias coisas que ocorrem, algumas delas das mais condenáveis. E será que os que possuem a luz da vida se satisfarão com débeis esforços para atrair a atenção das multidões para a verdade? -- Testimonies for the Church 6:36 (1900). Ev 130 2 Os que se têm interessado têm de enfrentar os sofismas e falsas apresentações dos ministros populares, e não sabem responder a essas coisas. A verdade apresentada pelo pregador vivo deve ser publicada na maneira mais condensada possível, e amplamente disseminada. Na medida do possível, publiquem-se nos jornais os importantes discursos proferidos em nossas reuniões campais. Assim, a verdade que foi apresentada a um limitado número, achará acesso a muitos espíritos. E em casos em que tenha havido desfiguração da verdade, o povo terá uma oportunidade de saber exatamente o que o ministro disse. -- Obreiros Evangélicos, 402 (1900). Ev 130 3 Ponde vossa luz num velador, para que possa iluminar a todos os que estão na casa. Se a verdade nos foi dada, devemos torná-la tão clara aos outros, que os sinceros de coração possam reconhecê-la e alegrar-se em seus brilhantes raios. -- Testimonies for the Church 6:37 (1900). Ev 130 4 Evitar agitação e alarme -- Não tive boa impressão dos anúncios espetaculares de vossas reuniões. Parecem fanatismo. ... Não publiqueis anúncios de tal modo que provoquem alarme. Quando o Senhor estiver preparado para proclamar antecipadamente a condenação das cidades ímpias, Ele dará conhecimento disto a Seu povo. Mas isto será depois que estas ímpias cidades tiverem tido oportunidade de ouvir a Palavra e recebê-la, que é para a vida eterna. Ev 131 1 Nossa obra agora é a de esclarecer e educar a mente com relação aos ensinos das Escrituras. Atualmente portas estão sendo abertas para a entrada da verdade. Aproveitai, pois, esta oportunidade de alcançar os que nunca ouviram a verdade. Explicai a verdade, como Cristo fez, de muitas maneiras, mediante ilustrações e parábolas. E a impressionante apresentação da verdade, feita pelo Pastor _____, mediante cartazes, pode ser imitada com proveito. Fazei com que estas coisas toquem o coração do povo. Não apoieis coisa alguma que seja semelhante a um movimento fanático. Satanás opera deste modo, procurando desviar para si discípulos, mediante representações que, se fosse possível, enganariam até os escolhidos. -- Carta 17, 1902. Ev 131 2 Notícias sensacionalistas -- As notícias sensacionalistas prejudicam o desenvolvimento da obra. -- The Review and Herald, 5 de Julho de 1906. Ev 131 3 Tende a certeza de que estamos orando em vosso favor e em benefício da obra na cidade de Nova Iorque. Por favor, porém, deixai de fazer aqueles anúncios chocantes de vossas reuniões. Se uma onda de fanatismo invadisse agora Nova Iorque, Satanás operaria na mente humana, executando uma obra que nenhum de vós está preparado a enfrentar. Não é de sensacionalismo que carecemos agora, mas de esforço calmo, perseverante e dedicado, em benefício da educação do povo. -- Carta 17, 1902. O evangelista e a publicidade Ev 131 4 Não deve haver jactância -- Não é cabível o vangloriar-nos de algum mérito. ... O segredo do êxito não é encontrado nem em nossa erudição, nem em nossa posição, nem em nosso número ou nos talentos a nós confiados, nem na vontade do homem. -- Parábolas de Jesus, 401, 404 (1900). Ev 132 1 Não devemos seguir o costume do mundo -- Não devemos fazer nossas as maneiras do mundo. Temos que dar ao mundo um exemplo mais nobre, mostrando que nossa fé é de natureza sublime e elevada. ... Por conseguinte, todas as noções extravagantes e as peculiaridades individuais, bem como os planos acanhados, que dão falsas impressões da grandeza da obra, tudo isso deve ser evitado. -- Carta 14, 1887. Ev 132 2 Não fazer qualquer falsa apresentação para conquistar a simpatia -- Não devemos dar idéia errônea daquilo que professamos crer a fim de ganhar favor de alguém. Deus aborrece a falsa apresentação e a prevaricação. Ele não tolerará o homem que diz e não pratica. A obra mais nobre, a melhor de todas, é a que provém de uma atitude digna e honesta. -- Carta 232, 1899. Ev 132 3 Cristo não foi chamado professor -- Não é o interesse de galgar as alturas que faz com que sejais grandes à vista de Deus, mas é na vida humilde e de bondade, mansidão, fidelidade e pureza, que sereis alvo da proteção especial dos anjos celestiais. O Homem-Modelo, que não teve por usurpação ser igual a Deus, tomou sobre Si a nossa natureza e viveu cerca de trinta anos numa obscura cidade da Galiléia, escondido entre montanhas. Todas as hostes angélicas estavam sob Suas ordens, não obstante, Ele não Se arrogou ser qualquer coisa grande ou exaltada. Nem ao menos o título de "Professor" Ele acrescentara ao Seu nome para satisfação própria. Era um carpinteiro, trabalhando para ganhar Seu salário, servo daqueles para quem trabalhava. -- Carta 1, 1880. Ev 132 4 Cristo reprovou a vaidade deles -- Reprovou também a vaidosa ostentação de cobiçar o título de rabi, ou de mestre. Esse título, declarou, não pertencia a homens, mas ao Cristo. Sacerdotes, escribas e príncipes, expositores e ministradores da lei, eram todos irmãos, filhos do mesmo Pai. Jesus ensinou positivamente o povo a não dar a nenhum homem um título de honra que indicasse possuir ele domínio sobre sua consciência ou sua fé. Ev 133 1 Se Cristo Se encontrasse hoje na Terra, rodeado pelos que usam o título de "Reverendo", "Reverendíssimo", não repetiria Suas palavras: "Nem vos chameis, mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo"? A Escritura declara a respeito de Deus: "Santo e tremendo ['reverendo' dizem outras versões] é o Seu nome." Salmos 111:9. A que ser humano cabe esse título? -- O Desejado de Todas as Nações, 613 (1898). Ev 133 2 Ninguém tem direito ao título de "reverendo" -- Não deve ser rebaixada a norma daquilo que representa a genuína educação. Antes precisa ser elevada muito acima do nível atual. Não é ao homem que devemos exaltar e adorar; é a Deus, o único verdadeiro Deus, o Deus vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. Ev 133 3 De acordo com os ensinos das Escrituras, é uma desonra a Deus, quando tratamos de "Reverendo" aos ministros. Nenhum mortal tem direito de usar este título ligado ao seu nome, ou ao de qualquer outro ser humano. Só pertence a Deus, para distingui-Lo de todos os outros seres. Os que reclamam para si este título, usurpam a santa honra que só pertence a Deus. Não têm direito ao título usurpado, seja qual for a posição que ocupem. "Santo e tremendo é o Seu nome." (Reverendo diz a tradução inglesa.) Desonramos a Deus quando usamos este título fora de seu próprio lugar. -- The Youth's Instructor, 7 de Julho de 1898. Ev 133 4 Homens humildes tratando de assuntos elevados -- Os ministros do evangelho devem apresentar a verdade em sua simplicidade, fazendo com que as Escrituras, com a bênção de Deus, sejam proveitosas "para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça". "Maneja bem a palavra da verdade" -- isto é o que devia ser dito de todos os nossos ministros. Ev 134 1 Longe, muito longe disto, porém, muitos dos ministros se afastam dos planos traçados por Cristo. Ambicionam o louvor dos homens e empregam intensamente cada faculdade, num esforço de descobrir e apresentar coisas admiráveis. O Senhor me ordena aconselhá-los a andarem humildemente com Deus, com espírito de oração. ... Estai dispostos a ser homens humildes, tratando de assuntos elevados. -- Manuscrito 62, 1905. Ev 134 2 Não temos homens eminentes -- Não temos grandes homens entre nós, e ninguém precisa procurar aparentar o que não é -- homem notável. Não é sábio um simples indivíduo salientar-se como se tivesse algum grande talento, como se fosse um Moody ou um Sankey. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. Ev 134 3 A mensagem -- não o homem -- O ministro que aprendeu de Cristo sempre estará cônscio de que é um mensageiro de Deus, comissionado por Ele a fazer uma obra para este tempo e para a eternidade. Não deve fazer nenhuma parte de seu objetivo chamar a atenção para si mesmo, sua cultura ou sua capacidade. Seu único objetivo deve ser levar pecadores ao arrependimento, indicando-lhes, tanto por preceito como por exemplo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O eu deve estar escondido em Jesus. Tais homens falarão como quem está cônscio de possuir poder e autoridade vindas de Deus, sendo Seu porta-voz. Suas pregações terão tal zelo e fervor para persuadir, que levarão pecadores a ver sua condição de perdidos, buscando refugiar-se em Cristo. -- The Review and Herald, 8 de Agosto de 1878. Ev 134 4 João era apenas uma voz -- Olhando com fé ao Redentor, João elevara-se ao ponto da abnegação. Não buscava atrair os homens a si, mas erguer-lhes o pensamento cada vez mais alto, até que pudesse repousar no Cordeiro de Deus. Ele próprio não passara de uma voz, um clamor no deserto. Agora aceitava com alegria o silêncio e a obscuridade, a fim de que os olhos de todos se pudessem volver para a Luz da vida. -- Obreiros Evangélicos, 56 (1915). Ev 135 1 Homens semelhantes a João são escolhidos hoje -- Para ocupar um elevado cargo diante dos homens, o Céu escolhe o obreiro que, como João Batista, assume posição humilde em face de Deus. O mais infantil dos discípulos é o mais eficiente no trabalho para Deus. Os seres celestes podem cooperar com aquele que busca não se exaltar a si mesmo, mas salvar almas. -- O Desejado de Todas as Nações, 436 (1898). Ev 135 2 A glorificação própria prejudica a obra -- Não há religião na entronização do próprio eu. Aquele, cujo alvo é a glorificação própria, se encontrará destituído daquela graça que, somente, pode torná-lo eficiente no serviço de Cristo. Quando é tolerado o orgulho e a complacência própria, a obra é arruinada. -- Parábolas de Jesus, 402 (1900). Ev 135 3 A verdadeira medida de um homem -- O valor do cristão não depende de seus brilhantes dons, de sua nobre estirpe, de suas maravilhosas capacidades, mas de um coração puro -- um coração purificado e refinado, que não se exalta a si mesmo, porém que, contemplando a Cristo, reflete a imagem da divindade, há muito perdida. -- Carta 16, 1902. Ev 135 4 Jesus somente -- Recusando resolutamente exibir sabedoria humana ou a exaltar-se, eles [obreiros de Deus] realizarão uma obra que resistirá aos assaltos de Satanás. Muitas almas sairão das trevas para a luz, e muitas igrejas serão estabelecidas. Os homens se converterão, não ao instrumento humano, mas a Cristo. O eu será mantido para trás; somente Jesus, o Homem do Calvário, aparecerá. -- Atos dos Apóstolos, 278 (1911). Evitar ostentação e sensacionalismo Ev 136 1 O bom êxito não depende de ostentação -- Alguns ministros cometem o erro de pensar que o sucesso depende de arrastar uma grande congregação pelo aparato exterior, anunciando depois a mensagem da verdade em estilo teatral. Isso, porém, é empregar fogo comum, em lugar de fogo sagrado ateado por Deus. O Senhor não é glorificado por essa maneira de trabalhar. Não por meio de notícias sensacionalistas e dispendiosas exibições, que há de Sua obra ser levada a cabo, mas seguindo os métodos de Cristo. "Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 4:6. É a verdade nua que, qual espada aguda de dois gumes, corta de ambos os lados, despertando para a vida espiritual os que se acham mortos em ofensas e pecados. Os homens hão de reconhecer o evangelho, quando este lhes for apresentado em harmonia com os desígnios de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 383 (1915). Ev 136 2 Métodos de são juízo -- Há pessoas que estão prontas para fazer uso de qualquer coisa estranha, que possam apresentar como surpresa ao povo, para despertar temores e começar uma estranha obra que estragará o bom trabalho já corretamente iniciado. ... Ev 136 3 Os que lidam com grandes, sublimes e enobrecedoras verdades da Palavra sempre devem revelar um espírito profundo, fervoroso, zeloso, porém calmo e possuído de são juízo, para que seja silenciada a boca dos antagonistas. Não desperteis uma onda de fanatismo que estrague uma obra que foi começada como devia ser, e levada avante com a Palavra de Deus em vossas mãos. ... Ev 136 4 Os que se acham empenhados na obra em Nova Iorque não devem supor que alguma coisa estranha deva ser introduzida e misturada com seu trabalho, como evidência da natureza sobrenatural do empreendimento, pondo nele o carimbo de que é de Deus. Seu encargo é o de pregar ao povo com humildade e confiante fé, buscando o conselho de Deus, não seguindo suas próprias idéias, nem confiando na apresentação de coisas imaginárias, a fim de despertar os sentidos dos que estão mortos em seus pecados e ofensas. O sistema da verdade que se encontra na Palavra de Deus é capaz de causar impressões como as que o grande Mestre deseja que sejam feitas no intelecto. -- Carta 17, 1902. Ev 137 1 Nunca rebaixar o nível da verdade -- Nunca devemos rebaixar o nível da verdade, a fim de obter conversos, mas precisamos procurar elevar o pecador e corrupto à alta norma da lei de Deus. -- Manuscrito 7, 1900. Ev 137 2 Abstende-vos de toda demonstração teatral -- Tenho uma mensagem para os que estão com a responsabilidade de nossa obra. Não animeis os homens que devem empenhar-se neste trabalho a pensarem que devam proclamar a solene e sagrada mensagem em estilo teatral. Nem um jota nem um til de qualquer coisa teatral deve aparecer em nossa obra. A causa de Deus deve ter molde sagrado e celestial. Fazei com que tudo quanto esteja em conexão com a apresentação da mensagem para este tempo tenha o sinete divino. Não permitais que haja qualquer coisa de natureza teatral, pois isto prejudicaria a santidade da obra. Ev 137 3 Foi-me mostrado que nos defrontaremos com todas as espécies de experiências e que os homens procurarão introduzir representações estranhas na obra de Deus. Já nos encontramos com tais em muitos lugares. No início de meu trabalho, foi dada a mensagem de que todas as representações teatrais, em conexão com a pregação da verdade presente, fossem desaconselhadas e proibidas. Os homens que pensavam ter um admirável trabalho a fazer procuraram adotar uma estranha atitude e manifestavam esquisitices no movimento do corpo. Eis a instrução que me foi dada: "Não aproveis tal coisa." Estas atitudes, com sabor teatral, não devem ter lugar na proclamação das solenes mensagens que nos foram confiadas. Ev 138 1 O inimigo acompanhará de perto e aproveitará todas as vantagens que tiver das circunstâncias, a fim de rebaixar a verdade pela introdução de demonstrações indignas. Nenhuma destas apresentações deve ser permitida. As preciosas verdades que nos foram dadas devem ser pregadas com toda a solenidade e com santa reverência. -- Manuscrito 19, 1910. Ev 138 2 O perigo de ensinos sensacionalistas -- Podeis estar certos de que a religião pura e imaculada não é sensacionalista. Deus não pôs sobre quem quer que seja a responsabilidade de despertar o desejo de encorajar as doutrinas e teorias especulativas. Meus irmãos, excluí estas coisas de vossos ensinos. -- Australasian Union Conference Record, 15 de Março de 1904. Ev 138 3 Evitai o fanatismo -- Não devemos incentivar um espírito de entusiasmo que traz zelo por algum tempo, mas logo desaparece, deixando o desânimo e a depressão. Necessitamos do pão da vida, o pão que desce do Céu para dar vida à alma. Estudai a Palavra de Deus. Não vos deixeis controlar pelos sentimentos. Todos os que trabalham na vinha do Senhor devem aprender que sentimento não é fé. Estar sempre em estado de emoção, não é exigido. Exige-se, porém, que tenhamos firme fé na Palavra de Deus, como sendo a carne e o sangue de Cristo. Ev 138 4 Os que fazem a obra do Senhor em nossas cidades, devem fechar e trancar firmemente as portas contra o sensacionalismo e o fanatismo. A Palavra de Deus é nossa santificação e justiça, porquanto é alimento espiritual. Estudá-la é comer as folhas da árvore da vida. Coisa alguma é mais dignificante para os servos de Deus do que ensinar as Escrituras justamente como Cristo as ensinou. A Palavra de Deus contém nutrição divina, que satisfaz o apetite pela comida espiritual. -- Carta 17, 1902. Ev 139 1 Métodos dispendiosos e peculiares -- Tendes escolhido trabalhar de um modo que vos exaure as energias e gasta grande soma de dinheiro. Ev 139 2 Já vos foi apresentado, na devida forma, o dispendioso desembolso de fundos, e vos dissemos que tal sistema de trabalho não está em harmonia com a vontade de Deus. Vossos métodos de trabalho, dispendiosos e peculiares, podem a princípio parecer causar forte impressão no povo, mas logo chegam os ouvintes à conclusão de que a demonstração foi feita com o fim de atrairdes a atenção para vossa pessoa e vossa esposa e filhos. A grande despesa de dinheiro não está em harmonia com as solenes verdades apresentadas. O eu foi posto em exibição. -- Carta 205, 1904. Ev 139 3 Não devemos imitar o mundo -- Estamos lidando com assuntos que envolvem interesses eternos, e não devemos em coisa alguma imitar o mundo. Temos que seguir de perto os passos de Cristo. Ele é aquilo que nos satisfaz e pode satisfazer todas as nossas carências e necessidades. -- Manuscrito 96, 1898. Ev 139 4 Nosso bom êxito dependerá de realizarmos a obra com a simplicidade com que Cristo a realizou, sem nenhuma demonstração teatral. -- Carta 53, 1904. Fazer uso de aproximação correta Ev 139 5 Jesus estudava a corrente natural do pensamento -- As benéficas operações da Natureza não se realizam mediante repentinas e sensacionais intervenções; e os homens não têm permissão de tomar em suas mãos a obra da Natureza. Deus atua por intermédio de calma e regular operação de Suas determinadas leis. O mesmo acontece com as coisas espirituais. Satanás sempre está procurando produzir efeitos, mediante rudes e violentos ataques; mas Jesus encontrou acesso às mentes, por intermédio de suas mais familiares associações. Ele perturbava o menos possível sua costumeira corrente de pensamentos, por ações abruptas ou regras estabelecidas. Honrava o homem com Sua confiança, e assim o colocava sob sua própria honra. Apresentava verdades antigas sob uma nova e preciosa luz. Desta forma, quando contava somente doze anos de idade, assombrou os doutores da lei com Suas perguntas no templo. Jesus tomou sobre Si a forma humana, para que pudesse alcançar a humanidade. Ele leva os homens sob a transformadora influência da verdade, aproximando-se deles onde se acham. Obtém acesso ao coração, conquistando simpatia e confiança, fazendo com que todos sintam que Sua identificação com sua natureza e com seus interesses é completa. A verdade saiu de Seus lábios bela em sua simplicidade, todavia revestida de dignidade e poder. Que mestre foi nosso Senhor Jesus Cristo! Com que ternura tratou Ele a cada sincero investigador da verdade, para que pudesse captar as simpatias e obter um lugar no coração! -- Manuscrito 44, 1894. Ev 140 1 Resultados determinados pela aproximação -- Devemos portar-nos neste mundo como se por toda parte ao nosso redor se encontrassem os adquiridos pelo sangue de Cristo, e como se dependesse muito de nossas palavras, nosso comportamento e maneira de trabalhar, o serem essas almas salvas ou não. ... Muito depende da maneira em que lançamos mão do trabalho, conseguirmos ou não almas em resultado de nossos esforços. -- Manuscrito 14, 1887. Ev 140 2 Métodos corretos para enfrentar o preconceito -- Irmãos, vós os que saís a trabalhar pelos que se acham presos em cadeias de preconceitos e ignorância, precisais exercer a mesma sabedoria divina manifestada por Paulo. Quando trabalhais em um lugar onde as almas estão apenas começando a remover dos olhos as escamas, e a ver os homens como árvores andando, sede muito cuidadosos para não apresentardes a verdade de modo que desperte preconceito, e feche a porta do coração para a verdade. Concordai com o povo em todos os pontos em que podeis coerentemente assim fazer. Vejam eles que amais sua alma, e quereis, tanto quanto possível, estar em harmonia com eles. Se em todos os vossos esforços se revelar o amor de Cristo, sereis capazes de semear a semente da verdade em alguns corações, Deus regará a semente lançada, e a verdade germinará e trará fruto para Sua glória. Ev 141 1 Nossos ministros precisam mais da sabedoria que Paulo possuía. Quando saiu a trabalhar pelos judeus, não salientava ele primeiro o nascimento, traição, crucifixão e ressurreição de Cristo, não obstante serem estas as verdades especiais para aquele tempo. Primeiramente os levava, passo a passo, às promessas que haviam sido feitas acerca de um Salvador, e às profecias que para Ele apontavam. Depois de sobre elas demorar até que as especificações eram distintas no espírito de todos, e até saberem que haviam de ter um Salvador, apresentava-lhes então o fato de já ter vindo esse Salvador. Cristo Jesus cumpriu todas as especificações. Este era o "dolo" com que Paulo apanhava as almas. Apresentava a verdade de tal modo que seu antigo preconceito não surgia para lhes cegar os olhos e perverter o juízo. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 121, 122 (1886). Ev 141 2 Cautela ao apresentar assuntos iniciais -- É necessário o maior cuidado no trato com essas almas. Estai sempre alerta. Não insistais em apresentar logo no início ao povo os aspectos mais objetáveis de nossa fé, a fim de que não fecheis os ouvidos daqueles a quem essas coisas vêm como uma nova revelação. Ev 142 1 Sejam-lhes apresentadas as porções da verdade que sejam capazes de aprender e apreciar; embora possa parecer estranho e chocante, muitos reconhecerão, com alegria, que nova luz se derramou sobre a Palavra de Deus. Ao passo que, fosse a verdade apresentada em tanta quantidade que a não pudessem receber, alguns iriam embora para nunca mais voltar. Mais ainda, apresentariam mal a verdade e, ao explicarem o que fora dito torceriam por tal forma as Escrituras que confundiriam o espírito dos outros. Precisamos aproveitar-nos das circunstâncias agora. Apresentai a verdade tal como é em Jesus. Não deve haver espírito combativo ou de polêmica na defesa da verdade. -- Manuscrito 44, 1894. Ev 142 2 Observai as necessidades locais antes de escolher os assuntos -- Relacionai-vos com o povo em seus lares. Tomai o pulso espiritual e levai o combate ao campo. Criai interesse. Orai e crede, e obtereis uma experiência que vos será valiosa. Não apresenteis assuntos tão profundos que exijam luta mental para compreender. Orai e crede enquanto trabalhais. Despertai o povo para fazer alguma coisa. Em nome do Senhor, trabalhai com perseverante intensidade. -- Carta 189, 1899. Ev 142 3 Preparar o solo para a boa semente -- Lembrai-vos de que importa tomar grande cuidado quanto à apresentação da verdade. Conduzi cautelosamente o espírito das pessoas. Acentuai a piedade prática, entremeando a mesma nos discursos doutrinários. Os ensinos e o amor de Cristo hão de abrandar e subjugar o solo do coração para a boa semente da verdade. -- Carta 14, 1887. Ev 142 4 Não susciteis controvérsia e oposição -- Aprendei a ir ao encontro das pessoas onde elas estão. Não apresenteis assuntos que suscitem controvérsia. Não deis instruções de molde a confundir a mente. -- Testimonies for the Church 6:58 (1900). Ev 143 1 Não desperteis oposição antes de o povo ter tido ensejo de ouvir a verdade e saber a que se estão opondo. -- Testimonies for the Church 6:36 (1900). Ev 143 2 Não afugenteis o povo da verdade -- Repousa sobre nós a solene responsabilidade de apresentar a verdade aos incrédulos da maneira mais convincente. Que cuidado devemos ter em não a apresentar de modo a dela afugentar homens e mulheres! Os mestres religiosos acham-se em uma posição em que tanto podem realizar grande bem como grande mal. ... Ev 143 3 O Senhor nos roga vir ao banquete da verdade e depois ir aos caminhos e valados, e forçar almas a entrar, apresentando o grande e maravilhoso oferecimento que Cristo fez ao mundo. Cumpre-nos apresentar a verdade pela maneira por que Cristo disse a Seus discípulos que o fizessem -- em simplicidade e amor. -- Carta 177, 1903. Ev 143 4 Considerar os pastores de outras denominações -- Importa que seja sempre manifesto que somos reformadores, mas não fanáticos. Quando nossos obreiros entram em um novo campo, devem procurar relacionar-se com os pastores das várias igrejas do lugar. Muito se tem perdido por negligenciar isto. Se nossos ministros se mostrarem amigáveis e sociáveis, e não agirem como se se envergonhassem da mensagem que apresentam, isto há de ter excelente efeito, e podem dar a esses pastores e a suas congregações impressões favoráveis da verdade. Seja como for, é direito proporcionar-lhes um ensejo de ser bondosos e favoráveis, se o quiserem. Ev 143 5 Nossos obreiros devem ser muito cuidadosos em não darem a impressão de ser lobos que se procuram introduzir para apanhar as ovelhas, mas deixar que os ministros compreendam sua posição e o objetivo da missão que lhes cabe -- chamar a atenção do povo para as verdades da Palavra de Deus. Muitas dessas há, que são caras a todos os cristãos. Essas verdades são terrenos comuns, em que nos podemos encontrar com as pessoas de outras denominações; e ao nos relacionarmos com elas, devemos demorar-nos mais sobre os assuntos em que todos sentimos interesse, e que não encaminharão direta e incisivamente aos pontos de discórdia. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1912. Ev 144 1 Evitar barreiras desnecessárias -- Não devemos, ao entrar em um lugar, levantar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de modo que eles pensem que somos seus inimigos declarados. Não devemos criar desnecessariamente um preconceito em seu espírito com o fazer-lhes um ataque. Muitos há entre os católicos, que vivem incomparavelmente mais segundo a luz que têm, do que muitos que professam crer na verdade presente, e Deus os provará tão certamente como nos tem provado a nós. -- Manuscrito 14, 1887. Ev 144 2 É preciso visão espiritual -- Tem-se perdido tempo, precioso tempo. Têm passado áureas oportunidades sem que sejam aproveitadas devido à falta de clara visão espiritual e sábia liderança para planejar e divisar meios e modos de frustrar o inimigo e ocupar antecipadamente o campo. ... Ev 144 3 Guarda que dormitas, que é da noite? Não sabes que horas da noite são? Não te preocupas em dar o sinal de perigo e as advertências para este tempo? Se o não fazes, desce dos muros de Sião, pois Deus não te confia a luz que tem a comunicar. A luz só é dada aos que fazem refletir essa luz sobre os outros. -- Manuscrito 107, 1898. O decoro da plataforma, anúncios e preliminares Ev 145 1 A dignidade do mensageiro -- É necessário o decoro no púlpito. Um ministro do evangelho não deve ser descuidoso de sua atitude. Se ele é o representante de Cristo, seu comportamento, sua atitude, seus gestos devem ser de tal natureza que não cause aborrecimento ao auditório. Os ministros devem possuir maneiras distintas. Devem rejeitar modos, gestos e atitudes incultos, cultivando em si um porte a um tempo humilde e digno. Devem trajar-se de maneira adequada à dignidade de sua posição. Sua linguagem deve ser a todos os respeitos solene e escolhida. -- Testimonies for the Church 1:648, 649 (1868). Ev 145 2 A conduta na plataforma -- Mas as coisas erradas transpiram muitas vezes na sagrada tribuna. Um ministro a conversar com outro na plataforma perante a congregação, rindo e parecendo despreocupado do trabalho, ou manifestando falta do solene senso de sua sagrada vocação, desonra a verdade, e rebaixa o sagrado ao baixo nível das coisas comuns. -- Testimonies for the Church 2:612, 613 (1871). Ev 145 3 Uma ofensa a Deus -- Por vezes as assembléias do povo de Deus têm sido tratadas de modo tão comum, que se tornam uma ofensa a Deus, e roubam a sagrada obra de sua santidade e pureza. -- Carta 155, 1900. Ev 145 4 Não perder tempo com escusas -- Muitos oradores perdem o tempo e as energias em longas introduções e desculpas. Alguns gastam cerca de meia hora em apresentar escusas; assim se perdem o tempo e, quando chegam ao assunto e procuram firmar os pontos da verdade no espírito dos ouvintes, estes se acham fatigados e não lhes podem sentir a força. Ev 146 1 Em lugar de se escusar por ter de se dirigir ao povo, o ministro deve começar como quem sabe que está apresentando uma mensagem de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 168 (1915). Ev 146 2 A oração pública -- A oração feita em público deve ser breve, e ir diretamente ao ponto. Deus não requer que tornemos fastidioso o período do culto, mediante longas petições. ... Alguns minutos são o bastante para qualquer oração pública, em geral. -- Obreiros Evangélicos, 175 (1915). Ev 146 3 Orar com sincera simplicidade -- Não necessitamos fazer longas orações em público. Devemos, com sincera simplicidade, apresentar nossas necessidades ao Senhor, e reclamar com tal confiança e fé Suas promessas, que a congregação saiba que aprendemos a prevalecer com Deus em oração. Eles serão animados a crer que a presença do Senhor se acha na reunião, e abrirão o coração para receber-Lhe as ricas bênçãos. Sua fé em vossa sinceridade aumentará, e estarão dispostos a ouvir de boa vontade as instruções dadas pelo orador. -- Manuscrito 127, 1902. Ev 146 4 Movimentos apressados, precipitados -- O Senhor vos deu vossa obra, não para ser feita precipitadamente, mas de maneira calma e considerada. O Senhor nunca força a movimentos apressados, complicados. -- Testimonies for the Church 8:189 (1904). Ev 146 5 Evitar o grotesco -- Não podemos ser pastores do rebanho a menos que sejamos despojados dos nossos hábitos, maneiras e costumes peculiares, e alcancemos a semelhança de Cristo. Quando comermos Sua carne e bebermos o Seu sangue, então se encontrará no ministério o elemento da vida eterna. Não haverá uma reserva de idéias antiquadas, e freqüentemente repetidas. Haverá uma nova percepção da verdade. Ev 147 1 Alguns dos que ficam no púlpito fazem com que os mensageiros celestiais que estão no auditório deles se envergonhem. O precioso evangelho que tanto tem custado para ser levado ao mundo, é injuriado. Há palestra comum e barata; atitudes grotescas, contorções das feições. Alguns são fluentes, outros de enunciação pesada, indistinta. Todo aquele que ministra diante do povo deve sentir ser seu solene dever controlar-se. Primeiro deve entregar-se completamente ao Senhor numa inteira renúncia própria, determinando não ter nada de si mesmo, mas tudo de Jesus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 339 (1896). Ev 147 2 Rejeitar os gestos impróprios e a linguagem inculta -- O obreiro de Deus deve fazer sinceros esforços para tornar-se representante de Cristo, rejeitando toda gesticulação imprópria, toda linguagem grosseira. Deve esforçar-se por empregar linguagem correta. Há uma numerosa classe descuidosa em sua maneira de falar, mas mediante cuidadosa e paciente atenção, estes se poderão tornar representantes da verdade. Todos os dias deviam fazer progressos. Não deviam desmerecer sua utilidade e influência, nutrindo defeitos de maneiras, de entonação de voz ou linguagem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 238 (1913). Ev 147 3 A personalidade do evangelista -- A posição de nossos ministros requer saúde física e disciplina mental. O bom senso, nervos fortes e um temperamento alegre, recomendarão o ministro evangélico em toda parte. Estas coisas devem ser buscadas, e cultivadas com perseverança. -- Testimonies for the Church 3:466 (1875). Aspectos que prendem o interesse Ev 148 1 A verdade deve encantar -- Não permitais que vossos esforços sejam no sentido de seguir os modos do mundo, mas as maneiras de Deus. A exibição exterior não realizará a obra que o Senhor deseja para despertar as classes mais altas quanto à convicção de que ouviram a verdade. Não despojeis a verdade de seu caráter digno e impressivo mediante preliminares mais segundo a maneira do mundo do que segundo a do Céu. Fazei com que os ouvintes compreendam que não efetuais reuniões aos domingos à noite a fim de atrair-lhes os sentidos com música e outras coisas, mas para pregar a verdade em toda a sua solenidade, para que ela lhes soe como uma advertência, despertando-os de seu sono profundo de condescendência consigo mesmos. É a verdade nua que, qual aguda espada de dois gumes, corta de ambos os lados. ... Ev 148 2 Os que, em seu trabalho para Deus, confiam em planos mundanos, para obter êxito, hão de fracassar. O Senhor requer uma mudança em vossa maneira de trabalhar. Quer que sigais as lições ensinadas na vida de Cristo. Então, ver-se-á o molde de Cristo em todas as reuniões que realizardes. -- Carta 48, 1902. Ev 148 3 Ensino criador -- O Príncipe dos mestres buscava acesso ao povo por meio das mais familiares associações deles. Apresentava a verdade de tal maneira que, posteriormente, ela ficava entretecida para Seus ouvintes com as mais santas recordações e simpatias. Ensinava de modo que os fazia sentir a plenitude da identificação dEle com seus interesses e felicidade. Suas instruções eram tão simples, tão apropriadas as ilustrações que apresentava, tão cheias de simpatia e tão animosas as palavras que proferia, que Seus ouvintes ficavam encantados. Ev 148 4 Cristo tirava muitas de Suas ilustrações e lições do grande tesouro da Natureza. Colhia um lírio, e chamava a atenção dos ouvintes para a sua simplicidade, e maravilhosa beleza. Apontava a erva do campo, dizendo: "Pois se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós?" Quer que vejamos que as coisas da Natureza são a expressão do amor de Deus e que, embora manchadas pelo pecado, elas ainda nos falam do lar edênico em que Adão e Eva foram colocados. Quer que elas nos lembrem o tempo em que esse lar será restaurado, e a Terra se encherá do louvor do Senhor. -- Carta 213, 1902. Ev 149 1 Ele lhes prendia o interesse -- O povo escutava as palavras da vida, tão abundantemente manadas dos lábios do Filho de Deus. Ouvia as graciosas palavras, tão simples e claras, que eram como bálsamo de Gileade para sua alma. A cura de Sua mão divina trouxe alegria e vida aos moribundos, e conforto e saúde aos que padeciam de moléstias. O dia afigurou-se-lhes o Céu na Terra, e ficaram inteiramente inconscientes do tempo que fazia desde que tinham comido qualquer coisa. ... Ev 149 2 Aquele que ensinou ao povo o meio de conseguir a paz e a felicidade, era tão solícito por suas necessidades temporais como pelas espirituais. O povo estava cansado e fraco. Havia mães com criancinhas nos braços, e pequenos pendurados às saias. Muitos tinham permanecido de pé por horas. Haviam estado tão intensamente interessados nas palavras de Cristo, que nem uma vez pensaram em sentar-se e era tão grande a multidão que havia perigo de pisarem-se uns aos outros. Jesus lhes deu oportunidade de descansar, mandando-os sentar-se. Havia no lugar muita relva, e todos podiam repousar confortavelmente. -- O Desejado de Todas as Nações, 365, 366 (1898). Ev 150 1 Programa eficaz para prender a atenção -- Foi-me dada outra vista. Tendas eram levadas a diversos lugares durante o período de reuniões campais. Realizavam-se essas reuniões em diferentes localidades. Eram dirigidas por homens capazes, tementes a Deus, secundados por auxiliares adequados. Havia reuniões infantis e de reavivamento, e diligente esforço para levar o povo a uma decisão. Um Paulo poderá plantar, e um Apolo regar, mas Deus dá o crescimento. ... Ev 150 2 Seja introduzido na obra o talento do canto. O emprego de instrumentos de música não é de modo algum objetável. Os mesmos eram usados nos serviços religiosos nos tempos antigos. Os adoradores louvavam a Deus com harpa e com címbalos, e a música deve ter seu lugar em nossos serviços. Isto acrescentará o interesse nos mesmos. Ev 150 3 Prendei, porém, a atenção do povo apresentando-lhe a verdade tal como é em Jesus. Mantende diante deles a cruz do Calvário. Que requereu a morte de Cristo? A transgressão da lei. Cristo morreu para dar aos homens a oportunidade de tornarem-se súditos leais de Seu reino. Ev 150 4 Façam-se discursos breves, breves e fervorosas orações. Educai, educai no sentido do serviço cabal, de toda alma. Inteira consagração, muita oração e intenso fervor, impressionarão os assistentes; pois anjos de Deus se acharão presentes para tocar o coração do povo. -- Carta 132, 1898. Ev 150 5 Variedade de atrações evangelísticas -- Nessas reuniões, congregam-se elevados e humildes, ricos e pobres, pecadores de toda espécie e todos ouvem a mensagem de misericórdia dada pelos delegados servos do Senhor. Ventila-se uma variedade de assuntos bíblicos, e há diversos exercícios durante a reunião. Ev 150 6 São chamados novos e velhos, e o Senhor impressiona o coração dos ouvintes. Por essa maneira é apresentado a todos o convite à ceia, como se descreve na parábola. Alguns que, segundo eles mesmos confessam, não haviam entrado em uma igreja por doze, catorze e mesmo dezesseis anos, são possuídos de convicção e convertidos. Os membros da igreja são profundamente comovidos e ouvem com admiração os sermões e estudos bíblicos que explicam as Escrituras; e nas reuniões sociais encontra-se algo apropriado a cada caso. -- Manuscrito 7, 1900. Ev 151 1 Grandes temas -- mensagem para o momento -- Os que se põem diante do povo como mestres da verdade, têm que se haver com grandes temas. Não devem ocupar precioso tempo falando de assuntos triviais. Estudem eles a Palavra, e preguem a Palavra. Seja ela em suas mãos qual espada aguda de dois gumes. Testifique ela das verdades passadas, e mostre o que há de ser no futuro. Ev 151 2 Cristo veio do Céu a fim de dar a João as grandes, maravilhosas verdades que nos devem moldar a vida, e que devem ser por nós proclamadas ao mundo. Cumpre-nos manter-nos a par com os tempos, dando um testemunho claro, inteligente, guiados pela unção do Espírito Santo. -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1906. Reuniões de indagação e perguntas Ev 151 3 Convidai os interessados a uma reunião posterior -- A verdade probante para este tempo deve ser dada a conhecer, e explanada. Todas as classes, as mais altas da mesma maneira que as mais humildes, vão a essas reuniões, e cumpre-nos trabalhar por todas elas. Depois de haver sido dada a mensagem de advertência, convidem-se os que se acham especialmente interessados à tenda, a sós, e aí trabalhai por sua conversão. Esta espécie de trabalho é obra missionária da mais elevada espécie. -- Carta 86, 1900. Ev 152 1 Ensinai a maneira de tornarem-se cristãos -- Desejo que compreendais claramente este ponto, que almas são impedidas de obedecer à verdade em razão de terem idéias confusas, e também porque não sabem como entregar a vontade e a mente a Jesus. Precisam de instruções especiais quanto à maneira de se tornarem cristãos. A obra realizada para Cristo no mundo não se compõe de grandes feitos e maravilhosas consecuções. Estes aparecerão segundo forem necessários. A obra mais bem-sucedida, porém, é aquela que mantém o máximo possível fora de vistas o próprio eu. É a obra de dar regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali; de pôr-se em íntima simpatia com o coração humano. Este é dos serviços prestados a Jesus Cristo, o que será reconhecido no último dia. -- Carta 48, 1886. Ev 152 2 Aproximai-vos do povo na reunião posterior -- Há perigo de passar muito rapidamente de um ponto a outro. Dai lições breves, e repetidas. ... Depois de haverdes aberto ao povo as preciosas minas da verdade, há ainda grande obra a fazer por aqueles que se interessaram nos assuntos apresentados. Ev 152 3 Após breve discurso, mudai a ordem dos exercícios, e dai a todos os que desejarem, ocasião de permanecer para uma entrevista posterior, ou classe bíblica, na qual possam fazer perguntas sobre assuntos que os perturbem. Tereis grande êxito em aproximar-vos do povo nessas lições bíblicas. Os obreiros que trabalham em ligação com o ministro devem fazer esforços especiais, com paciência e bondade, para levar os indagadores à compreensão da verdade. Ev 152 4 Caso não tenhais senão uma pessoa a instruir, essa única, uma vez que esteja cabalmente convencida, comunicará a luz aos outros. Estas verdades probantes são de tamanha importância, que podem ser repetidamente apresentadas e serem gravadas na mente dos ouvintes. -- Special Testimonies, Série A, 7:7 (1874). Ev 153 1 Ocasião de fazerem perguntas -- Sempre que for possível, todo discurso importante deve ser seguido de um estudo bíblico. Então, os pontos apresentados podem ser aplicados, podem-se fazer perguntas, e inculcarem-se idéias justas. Deve-se consagrar mais tempo a educar pacientemente o povo, dando-lhe oportunidade de exprimir-se por si mesmo. É de instrução que os homens necessitam, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Ev 153 2 Também se devem realizar reuniões especiais para os que se estão interessando nas verdades apresentadas, e necessitam de instruções. O povo deve ser convidado a essas reuniões, e todos, tanto crentes como não, devem ter ensejo de fazer perguntas sobre pontos que não sejam plenamente entendidos. Dai a todos oportunidade de falar de suas perplexidades, pois hão de tê-las. Fazei com que o povo veja que em todos os sermões e estudos bíblicos, se apresenta um claro "Assim diz o Senhor" para a fé e as doutrinas que defendemos. Ev 153 3 Este era o método de ensino de Cristo. Ao falar ao povo, este O interrogava quanto ao sentido de Suas palavras. Aos que estavam buscando humildemente a luz, Ele estava sempre pronto a dar explicações das mesmas. Mas Cristo não animava a crítica nem a astúcia, e nós não o devemos fazer. Quando as pessoas procuram provocar uma discussão acerca de pontos controversos de doutrina, dizei-lhes que a reunião não se destina a isso. Ev 153 4 Quando respondeis a uma pergunta, buscai certificar-vos de que os ouvintes vejam e reconheçam que ela está respondida. Não deixeis cair uma pergunta, dizendo que a façam de outra vez. Apalpai vosso caminho passo a passo, e vede quanto obtivestes. -- Obreiros Evangélicos, 405, 406 (1900). Nessas reuniões, os que entendem a mensagem podem Ev 153 5 fazer perguntas que tragam luz sobre pontos da verdade. Mas outros talvez não tenham sabedoria para tanto. Se alguém formula perguntas que só servem para confundir o espírito e lançar as sementes da dúvida, devem ser advertidos a refrearem-se de fazê-las. Temos de aprender quando falar e quando calar, aprender a lançar as sementes da fé, a comunicar luz, não trevas. -- Testimonies for the Church 6:69 (1900). Ev 154 1 Sondar o povo por meio de perguntas -- Depois de uma breve alocução mantende-vos dispostos, a fim de poderdes dar um estudo bíblico sobre os pontos tratados, sondando o povo por meio de perguntas. Ide diretamente ao coração de vossos ouvintes, instando a que vos apresentem suas dificuldades, para que possais explicar as Escrituras que eles não compreendem. -- Carta 8, 1895. Ev 154 2 Um ponto que deve ser bem guardado -- Sempre que o Senhor tem uma obra especial a efetuar entre Seu povo, quando Ele deseja despertar-lhes o espírito para contemplarem verdades vitais, Satanás trabalhará para lhes distrair a mente, introduzindo pequeninos pontos de divergência, a fim de criar um caso, acerca de doutrinas que não são essenciais para a compreensão do ponto em apreço, e assim promover desunião, e distrair a atenção do ponto essencial. Quando isto ocorre, o Senhor opera, causando impressões no coração dos homens, acerca daquilo que lhes é necessário para a salvação. Então, se Satanás puder atrair a mente para algum aspecto de somenos importância, e levar o povo a dividir-se em relação a algum ponto sem importância, de modo que seu coração fique entrincheirado contra a luz e a verdade, ele exulta em maldoso triunfo. -- The Review and Herald, 18 de Outubro de 1892. Ev 154 3 Suscitada a combatividade; sufocada a convicção -- Satanás está constantemente em operação, para distrair a mente para coisas terrenas, a fim de que a verdade perca sua influência sobre o coração; e então não haverá progresso, nem avanço da luz e conhecimento, para maior luz e conhecimento. A menos que os seguidores de Cristo sejam constantemente estimulados à prática da verdade, eles não serão por ela santificados. Perguntas, especulações e assuntos de nenhuma importância vital ocuparão a mente, tornando-se em assunto de conversação, e então haverá zombaria e contenda acerca de palavras, e apresentação de diferentes opiniões, concernentes a pontos que não são vitais nem essenciais. ... Ev 155 1 O coobreiro de Deus tem que ser sábio bastante para ver o desígnio do inimigo e opor-se a ser desorientado e desviado. A conversão da alma dos seus ouvintes tem que ser a preocupação do seu trabalho, e ele deve evitar a polêmica, e pregar a Palavra de Deus. ... Ev 155 2 A obra especial, enganosa de Satanás tem sido a provocação de debates, para que haja contendas em torno de palavras, que nenhum proveito trazem. Bem sabe ele que isto ocupará a mente e o tempo. Desperta a combatividade e sufoca, na mente de muitas pessoas, o ardor da convicção, levando-as à diversidade de opiniões, acusação, e preconceito, que cerram a porta para a verdade. -- The Review and Herald, 11 de Setembro de 1888. Ev 155 3 Orar com os que estão convencidos -- Tenham os ministros evangelistas mais reuniões de fervorosa oração com os que estão convencidos da verdade. Lembrai-vos de que Cristo está sempre convosco. O Senhor tem preparadas as mais preciosas manifestações de Sua graça, para fortalecer e animar o obreiro sincero e humilde. -- Manuscrito 78, 1900. Ev 155 4 Ajudar os que estão perplexos -- Muitos dos que comparecem à reunião estão cansados e pesadamente carregados de pecado. Não se sentem seguros com sua fé religiosa. Deve dar-se oportunidade aos que estão atribulados e necessitados de descanso de espírito, a que encontrem auxílio. Depois de um sermão, os que desejam seguir a Cristo devem ser convidados a manifestar seu anelo. Convidai todos quantos não estão convencidos de estarem preparados para a vinda de Cristo, e todos quantos se sentem opressos e pesadamente sobrecarregados, para se reunirem a sós. Conversem com essas almas os que são espirituais. Orem com elas e por elas. Consagre-se muito tempo à oração e a profundo esquadrinhamento da Palavra. Apossem-se todos, em sua própria alma, das realidades genuínas da fé, por meio da crença de que o Espírito Santo lhes será concedido porque têm verdadeira fome e sede de justiça. Ensinai-os a entregarem-se a Deus, a crer, a reclamar as promessas. Seja o profundo amor a Deus expresso em palavras de animação, em palavras de intercessão. -- Testimonies for the Church 6:65 (1900). Familiarizai-vos com as pessoas Ev 156 1 Falar com as pessoas ao entrarem e saírem -- Ao dirigir os importantes interesses das reuniões próximo de uma grande cidade, é essencial a cooperação de todos os obreiros. Devem eles manter-se na própria atmosfera das reuniões, travando conhecimento com as pessoas ao entrarem e saírem, mostrando-lhes a máxima cortesia, bondade e terna consideração por sua alma. Devem estar dispostos a falar-lhes em tempo e fora de tempo, espreitando a ocasião de ganhar almas. Oxalá os obreiros de Cristo mostrassem a metade da vigilância que manifesta Satanás, que está sempre nas pegadas dos seres humanos, sempre bem alerta, pronto para armar alguma armadilha ou laço para a sua destruição. -- Testimonies for the Church 6:46 (1900). Ev 156 2 A responsabilidade do evangelista para com os interessados -- É importante que todos quantos se propõem a trabalhar na causa de Deus aprendam a melhor maneira de prosseguir com seu trabalho. ... Foi-me mostrado que muitos esforços feitos com grande despesa para apresentar a verdade, foram em grande medida malsucedidos, porque não foi realizada precisamente a espécie de trabalho que necessitava ser feito. Procuramos durante anos apresentar aos nossos crentes a necessidade de trabalhar mais inteligentemente. ... Ev 157 1 Ao serem feitos os sermões do púlpito, a obra apenas está começada. Deve então o ministro, por esforço pessoal, se possível, travar relação com cada um de seus ouvintes. Se têm interesse suficiente para virem e escutarem o que tendes para dizer-lhes, deveis vós corresponder com decidido interesse de conhecê-los pessoalmente. ... Ev 157 2 Satanás e seus agentes são mais espertos do que os nossos obreiros. Enquanto ele planeja, e arquiteta, e lança suas redes para colher almas incautas, nossos irmãos freqüentemente tomam as coisas de maneira muito despreocupada, e Satanás os supera em tática quase em cada ocasião. Ora, se querem que o campo seja ocupado antecipadamente por Deus e pelos anjos celestiais, devem consagrar todo o seu ser, alma, corpo e espírito, à obra de Deus, e não pretender que hajam feito a obra, quando não o está nem pela metade. ... Ev 157 3 O discurso feito do púlpito não deve ser longo, pois isso não somente cansa o povo, mas de maneira tal consome o tempo e a energia do ministro que o incapacita para empenhar-se no trabalho pessoal que deve seguir-se. Deve ele ir de casa em casa trabalhar com as famílias, chamando-lhes a atenção para as verdades eternas da Palavra de Deus. Se faz esse trabalho com a humildade de Cristo, certamente terá os anjos de Deus para cooperarem com os seus esforços. Falta-nos, porém, de todo a fé e somos demais acanhados de idéias e de planos. -- Manuscrito 14, 1887. Ev 158 1 Familiarizar-se-á com os pais e os filhos em sua congregação, e dirigir-lhes-á palavras bondosas e fervorosas. -- The Review and Herald, 21 de Janeiro de 1902. Ev 158 2 Entrar nos lares -- Aproximai-vos das pessoas; entrai nos lares, quando puderdes; não espereis que as pessoas busquem o pastor. Levai convosco a confiança e a certeza de fé que prova que não confiais em palavrório vão mas num claro "Assim diz o Senhor". -- Carta 8, 1895. Ev 158 3 Contatos estabelecidos nas reuniões públicas -- Quando, na Terra, Cristo ensinava, observava o rosto de Seus ouvintes, e o brilho dos olhos, a expressão animada, indicava-Lhe instantaneamente quando alguém aprovava a verdade. Da mesma maneira, devem os instrutores do povo em nossos dias estudar o rosto de seus ouvintes. Ev 158 4 Ao verem no auditório uma pessoa que parece interessada, devem ter por princípio entrar em contato com essa pessoa antes que saia do local da reunião, e, se possível, averiguar onde mora e visitá-la. É esta espécie de trabalho pessoal que o ajuda a fazer de si um obreiro perfeito. Capacita-o a provar seu trabalho, a dar plena prova de seu ministério. Essa é, também, a maneira mais bem-sucedida de atingir o público; pois esse é o melhor meio de atrair-lhes a atenção. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 147, 148 (1886). Ev 158 5 Ganhar a confiança por meio de visitas aos lares -- Muitas famílias há que nunca serão atingidas pela verdade da Palavra de Deus sem que os mordomos da multiforme graça de Cristo entrem em seus lares e, por meio de fervorosa prestatividade, santificada pelo apoio do Espírito Santo, quebrem as barreiras e atinjam o coração das pessoas. Ao verem elas que esses obreiros são mensageiros de misericórdia, ministros de graça, prontificam-se a escutar as palavras por eles proferidas. Mas o coração dos que fazem esta obra tem que palpitar em uníssono com o coração de Cristo. Têm eles que estar inteiramente consagrados ao serviço de Deus, prontos para fazer a Sua vontade, para ir aonde quer que a Sua providência os dirija, e falar as palavras que lhes dê. E se forem o que Deus deseja que sejam, se estiverem imbuídos do Seu Espírito Santo, cooperam com os representantes celestes e são realmente "coobreiros de Deus". -- Carta 95, 1896. Sermões impressos e outras publicações Ev 159 1 O uso eficaz de publicações -- A verdade deve ser publicada em forma muito mais extensa do que o foi até agora. Deve ser definida perante o povo em traços claros e precisos. Deve ser proclamada com argumentos breves, mas convincentes, e planos devem ser feitos para que cada reunião em que a verdade haja sido apresentada ao público, seja seguida da distribuição de folhetos e pequenas brochuras. Hoje em dia pode parecer necessário distribuí-los gratuitamente, mas serão uma força para o bem, e nada se perderá. Ev 159 2 Os sermões proferidos no púlpito seriam muito mais eficazes se se fizesse distribuir material impresso, que instruísse os ouvintes nas doutrinas da Bíblia. Deus fará que muitas pessoas se disponham a ler, mas haverá também muitos que se recusarão a ver ou escutar seja o que for acerca da verdade presente. Não devemos sequer pensar que esses casos estejam fora de toda esperança, pois Cristo está atraindo para Si muitas pessoas. ... Deveis avançar com as mãos cheias da devida espécie de material de leitura, e o coração repleto do amor de Deus. -- Carta 1, 1875. Ev 159 3 Para prevenir os efeitos da oposição -- Ao ser feito um sermão, o povo pode escutar com interesse, mas tudo lhes é estranho e novo, e Satanás está pronto para sugerir-lhes na mente muitas coisas que não são verdadeiras. Tratará de perverter e apresentar adulteradas as palavras do orador. Que faremos nós? Ev 160 1 Os sermões que apresentam as razões de nossa fé devem ser publicados em pequenos folhetos e distribuídos tão profusamente quanto possível. Assim as falsidades e deturpações que o inimigo da verdade constantemente procura manter em circulação, serão reveladas em seu verdadeiro aspecto, e as pessoas terão a oportunidade de saber com exatidão o que o ministro disse. -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1902. Ev 160 2 Sermões breves impressos -- Sejam impressos resumos dos sermões e distribuídos profusamente. -- Manuscrito 42, 1905. Ev 160 3 Impressos -- Se for conseguida uma máquina impressora para ser usada durante as reuniões, imprimindo folhetos, notícias e boletins para distribuição, isto terá benéfica influência. -- Testimonies for the Church 6:36 (1900). Ev 160 4 Algumas pessoas serão atingidas somente pela literatura -- Muitíssimo mais poderia fazer o pregador vivo mediante a distribuição de revistas e folhetos do que somente com a pregação da Palavra sem as publicações. ... Muitas mentes não podem ser atingidas de outra maneira. Isso constitui verdadeira obra missionária em que, com os melhores resultados, podem ser empregados trabalho e meios. -- Life Sketches of Ellen G. White, 217 (1915). Ev 160 5 O poder do prelo -- O prelo é um poderoso meio para comover a mente e o coração do povo. Os homens deste mundo lançam mão do prelo, e aproveitam ao máximo toda oportunidade de apresentar ao povo literatura venenosa. Se homens que se acham sob a influência do espírito do mundo e de Satanás são diligentes na disseminação de livros, folhetos e revistas, de natureza corruptora, devereis ser mais diligentes em pôr diante do povo leitura de natureza enobrecedora, salvadora. Ev 161 1 Deus colocou à disposição de Seu povo, no uso do prelo, vantagens que, combinadas com outros fatores, alcançarão êxito na propagação do conhecimento da verdade. Folhetos, revistas e livros, conforme exigir o caso, deverão ser distribuídos e circular em todas as cidades e vilas do país. -- Life Sketches of Ellen G. White, 216, 217 (1915). Ev 161 2 Dar asas à verdade -- Há grande necessidade de homens capazes de se servirem da imprensa com o melhor proveito, para que à verdade sejam dadas asas que a levem depressa a toda nação, e língua e povo. -- Obreiros Evangélicos, 25 (1915). Ev 161 3 A página impressa -- Ainda que o ministro apresente fielmente a mensagem, o povo não é capaz de reter toda ela. Por isto, a página impressa é essencial, não somente para despertá-los para o reconhecimento da importância da verdade para este tempo, mas também em enraizá-los e firmá-los na verdade e em fortalecê-los contra erros enganosos. As revistas e os livros são o meio de o Senhor conservar a mensagem para esse tempo continuamente perante o povo. As publicações farão muito maior obra iluminando e confirmando almas na verdade, do que a que pode ser cumprida unicamente pelo ministério da palavra. Os silenciosos mensageiros que são colocados nos lares do povo pelo trabalho do colportor, fortalecerão o ministério evangélico em todo o sentido; porque o Espírito Santo influirá a mente ao lerem os livros do mesmo modo que o faz à mente dos que ouvem a pregação da Palavra. O mesmo ministério de anjos que auxilia a obra do ministro, acompanha os livros que contêm a verdade. -- Testemunhos Selectos 2:534, 535 (1900). O debate Ev 162 1 Raramente Deus é glorificado -- Em alguns casos, num debate público, pode ser necessário enfrentar um homem orgulhoso e que se jacta contra a verdade de Deus, mas geralmente essas discussões, quer orais quer escritas, produzem mais mal que bem. -- Testimonies for the Church 3:213 (1872). Ev 162 2 As discussões nem sempre podem ser evitadas. ... As pessoas que gostam de ver oponentes combaterem-se, podem clamar pela discussão. Outros, que desejam ouvir as provas de ambos os lados, podem incitar a discussão com toda a honestidade de intenção; mas sempre que possam ser evitadas as discussões, deveriam sê-lo. ... Raramente Deus é glorificado ou favorecida a verdade nessas lutas. -- Testimonies for the Church 3:424 (1875). Ev 162 3 Os oponentes precisam ser às vezes enfrentados -- Ocasiões há em que suas deslumbrantes mistificações precisam ser enfrentadas. Quando esse for o caso deve ser feito com rapidez e brevidade, e depois deveríamos prosseguir com nosso trabalho. -- Testimonies for the Church 3:37 (1872). Ev 162 4 Aceitar o desafio mas não desafiar -- Na apresentação de uma verdade impopular, que envolve pesada cruz, devem os pregadores ser cuidadosos de que toda palavra seja como Deus quer que seja. Suas palavras nunca devem ferir. Devem apresentar a verdade com humildade, com o mais profundo amor às almas, e com fervoroso desejo de sua salvação, deixando que a verdade fira. Não devem eles desafiar os ministros de outras denominações, nem procurar provocar um debate. Não devem adotar atitude semelhante a que assumiu Golias ao desafiar os exércitos de Israel. Israel não desafiou a Golias, mas este manifestou orgulhosa jactância contra Deus e Seu povo. O desafio, a jactância e os escárnios devem proceder dos oponentes da verdade, que desempenham o papel de Golias. Mas nada desse espírito deve ver-se naqueles a quem Deus enviou para proclamar a última mensagem de advertência a um mundo sentenciado. ... Ev 163 1 Se eles, quais Davi, são postos em posição em que a causa realmente deles exige que enfrentem um desafiador de Israel, e se avançam no poder de Deus, nEle plenamente confiantes, Ele os guiará e fará que Sua verdade triunfe gloriosamente. Cristo nos deu um exemplo. "Mas o Arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda." -- Testimonies for the Church 3:218-220 (1872). Ev 163 2 O espírito de controvérsia lança fundamento frágil -- O espírito de debate, de controvérsia é um artifício que Satanás usa para despertar o espírito combativo e assim eclipsar a verdade tal qual é em Jesus. Muitos foram dessa maneira repelidos em vez de atraídos para Cristo. ... Ev 163 3 Anima-se um espírito de controvérsia. Muitos se ocupam quase exclusivamente com temas doutrinários, ao passo que a natureza da verdadeira piedade, a piedade experimental, recebe pouca atenção. Jesus, Seu amor e graça, Sua abnegação e sacrifício, Sua mansidão e tolerância, não são apresentados perante o povo como deveriam sê-lo. Os erros existentes por toda parte fixaram o seu veneno mortal, quais parasitas sobre os ramos da verdade, e muitas mentes com elas se identificaram; muitos que aceitam a verdade ensinam-na com espírito áspero. Dá-se falso conceito dela às pessoas e anulam-se seus efeitos sobre aqueles cujo coração não é suavizado nem dominado pelo Espírito Santo. ... Ev 164 1 É essencial que todos discirnam e apreciem a verdade; portanto é da maior importância que a semente da Palavra caia em terreno preparado para a sua recepção. O problema com cada um de nós, individualmente, deve ser: Como semearemos a preciosa semente da verdade, de maneira que se não perca, mas brote, e frutifique, e produza molhos para o Mestre? -- The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1892. Ev 164 2 O perigo da excitação e da decisão rápida -- Se o interesse aumenta firmemente, e as pessoas procedem judiciosamente, não por impulso, mas por princípio, o interesse é muito mais saudável e duradouro do que se fosse uma grande excitação e o interesse fosse despertado repentinamente, e os sentimentos excitados por escutar um debate, uma violenta discussão de ambos os prismas do assunto, pró e contra a verdade. Oposição violenta é assim criada, assumem-se posições, e tomam-se decisões rápidas. O resultado é um estado febril de coisas. Faltam a calma, ponderação e discernimento. Caso se deixe passar essa excitação, ou haja reação por meio de trato indiscreto, o interesse nunca mais poderá ser suscitado. Os sentimentos e simpatias do povo foram estimulados, mas a sua consciência não foi convencida, nem o coração quebrantado nem humilhado perante Deus. -- Testimonies for the Church 3:218 (1872). Ev 164 3 A apresentação da verdade a quem nutre preconceito -- Os ministros de Deus não devem considerar um grande privilégio a oportunidade de se empenharem em discussão. Nem todos os pontos de nossa fé devem ser expostos em público e apresentados às multidões que nutrem preconceitos. ... As verdades que nos são comuns devem ser apresentadas em primeiro lugar e alcançada a confiança dos ouvintes. -- Testimonies for the Church 3:426 (1875). Ev 165 1 No debate enfrentamos Satanás -- Os ministros que contendem com oponentes da verdade de Deus, não têm que enfrentar meros homens, mas Satanás e as suas hostes de anjos maus. Satanás espreita a oportunidade de alcançar vantagem sobre os ministros que defendem a verdade, e ao deixarem eles de pôr a sua inteira confiança em Deus, e não serem suas palavras pronunciadas no espírito e amor de Cristo, os anjos de Deus não os podem fortalecer nem iluminar. Abandonam-nos à sua própria força, e os anjos maus lhes inculcam suas trevas; por esta razão, os oponentes da verdade parece às vezes obterem vantagem, e a discussão produz mais mal do que verdadeiro bem. -- Testimonies for the Church 3:220, 221 (1872). Ev 165 2 Se o debate não pode ser evitado -- Sempre que for necessário para o avançamento da causa da verdade e para a glória de Deus, que se enfrente um adversário, com que cautela, e com que humildade deverão eles [os defensores da verdade] entrar em debate! Com esquadrinhação interior, confissão de pecado e fervorosa oração, e muitas vezes jejuando por algum tempo, devem eles suplicar que Deus lhes dê especial auxílio, concedendo à Sua salvadora e preciosa verdade uma vitória gloriosa, para que o erro se possa mostrar em sua verdadeira deformidade, e seus defensores sejam completamente derrotados. ... Ev 165 3 Nunca deveis entrar num debate em que tanto se acha em jogo, fiando-vos em vossa habilidade no manejo de poderosos argumentos. Se não é razoavelmente possível evitá-lo, tomai parte na polêmica, mas fazei-o com firme confiança em Deus, e com espírito de humildade, no espírito de Jesus, que vos ordenou que aprendêsseis dEle que é manso e humilde de coração. -- Testimonies for the Church 1:624, 626 (1867). Ev 166 1 Apresentai a verdade -- A melhor maneira de lidar com o erro é apresentar a verdade, e deixar que as idéias estranhas se extingam por falta de atenção. Contrastado com a verdade, torna-se aparente a todo o espírito inteligente a fraqueza do erro. Quanto mais forem repetidas as asserções errôneas dos opositores, e dos que se levantam entre nós para enganar as almas, melhor será servida a causa do erro. Quanto mais publicidade se dá às sugestões de Satanás, melhor é satisfeita sua majestade satânica. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 165 (1892). Ev 166 2 Usar somente argumentos sadios -- É importante que, ao defender as doutrinas que consideramos artigos fundamentais da fé, nunca nos permitamos o emprego de argumentos que não sejam inteiramente retos. Eles podem fazer calar um adversário, mas não honram a verdade. Devemos apresentar argumentos legítimos, que não somente façam silenciar os oponentes mas que suportem a mais acurada e perscrutadora investigação. Ev 166 3 Quanto aos que se preparam para debates, há grande perigo de que não lidem com honestidade em relação à Palavra de Deus. Ao enfrentar um adversário, nosso mais sincero esforço deve ser apresentar os assuntos de maneira tal que despertemos a convicção em seu espírito, em vez de procurar meramente inspirar confiança ao crente. -- Testemunhos Selectos 2:313 (1889). Ev 166 4 Despir a armadura de combate -- Os que são portadores da mais solene mensagem já dada ao nosso mundo devem despir a armadura de combate, e vestir a justiça de Cristo. Não precisamos trabalhar em nossa própria finita individualidade, pois então os anjos de Deus recuam e deixam-nos prosseguir lutando sozinhos. Quando aprenderão de Jesus os nossos ministros? Nossa preparação para enfrentar os oponentes ou servir ao público precisa ser alcançada de Deus, no trono da graça celeste. Então, ao recebermos a graça de Deus, nossa própria incompetência é vista e reconhecida. A dignidade e a glória de Cristo são a nossa força A guia do Espírito Santo leva-nos a toda a verdade. O Santo Espírito toma as coisas de Deus e no-las mostra, conduzindo-as como um poder vivo ao coração obediente. Possuímos, então, a fé que opera por amor e purifica a alma, e recebe o cunho da perfeição de seu Autor. -- Carta 21a, 1895. ------------------------Capítulo 7 -- A mensagem e sua apresentação O espírito e a maneira de apresentar a mensagem Ev 168 1 A importância da maneira de apresentar a verdade -- A maneira em que a verdade é apresentada, amiúde tem muito que ver com a determinação de ser aceita ou rejeitada. -- Testimonies for the Church 4:404, 405 (1880). Ev 168 2 É de lastimar que muitos não reconheçam que a maneira em que a verdade bíblica é apresentada tem muito que ver com as impressões feitas sobre a mente das pessoas, com o caráter cristão formado mais tarde na vida dos que recebem a verdade. Em vez de imitar a Cristo em Sua maneira de trabalhar, muitos são severos, críticos e ditadores. Afastam as almas, em vez de atraí-las. Essas pessoas nunca saberão a quantos débeis suas palavras rudes feriram e desanimaram. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 121 (1886). Ev 168 3 Mensagens alarmantes -- As mensagens mais surpreendentes serão proclamadas por homens designados por Deus, mensagens capazes de advertir o povo para o despertar. E conquanto alguns sejam irritados pela advertência, e levados a resistir à luz e a evidência, devemos ver daí que estamos apresentando a probante mensagem para este tempo. ... Precisamos, também, ter em nossas cidades evangelistas consagrados, por cujo intermédio se tem de apresentar uma mensagem, tão decididamente que sacudamos os ouvintes. -- Testimonies for the Church 9:137 (1900). Ev 169 1 Com certeza e determinação -- Existe um poder vivo na verdade, e o Espírito Santo é o instrumento que abre o entendimento humano para a verdade. Os ministros e obreiros que a proclamam devem, porém, manifestar certeza e determinação. Devem avançar pela fé, e apresentar a Palavra como nela crendo de fato. Fazei que as pessoas por quem trabalhais entendam que se trata da verdade divina. Pregai a Jesus Cristo e Ele crucificado. Isto fará frente às mentiras de Satanás. -- Carta 34, 1896. Ev 169 2 A palavra do Deus vivo -- Se a vossa maneira de apresentar a verdade é a divina, vossos ouvintes serão profundamente impressionados com a verdade que apresentais. Apossar-se-á deles a convicção de que é a Palavra do Deus vivo, e cumprireis com poder a vontade de Deus. -- Carta 48, 1902. Ev 169 3 Grandes idéias da verdade bíblica -- Não vos apresentais a vós mesmos, mas tão grande é a presença e a preciosidade da verdade e, realmente, tão abarcante, tão profunda, tão ampla, que o eu é perdido de vista. ... Pregai de maneira tal que as pessoas possam apreender as grandes idéias e extraiam o minério precioso contido nas Escrituras. -- Manuscrito 7, 1894. Ev 169 4 Reuniões para testificar de profundas manifestações do Espírito -- Em nossas reuniões realizadas nas cidades, e em nossas reuniões campais, não pedimos grandes demonstrações, mas pedimos que os homens que vão perante o público para apresentar a verdade tomem as coisas a sério e revelem que Deus com eles está. Deve haver busca especial de Deus, para que o desenvolvimento da reunião possa ser efetuado sob a profunda manifestação do Espírito Santo. Não deve haver mistura do erro com o direito. -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1908. Ev 169 5 Mais atividade e zelo -- Precisamos quebrar a monotonia de nossa atividade religiosa. Estamos realizando uma obra no mundo, mas não mostramos suficiente atividade e zelo. Se fôssemos mais fervorosos, os homens se convenceriam da verdade de nossa mensagem. A falta de vida e a monotonia de nosso culto a Deus repelem muitos que nos observam para ver em nós zelo profundo, fervente e santificado. A religião formal não serve para este tempo. Podemos praticar todos os atos externos do culto e, não obstante, estar tão destituídos da influência vivificante do Espírito Santo, como o estavam os montes de Gilboa do orvalho e da chuva. Necessitamos da umidade espiritual; bem como dos claros raios do Sol da Justiça para nos enternecer e subjugar o coração. -- The Review and Herald, 26 de Maio de 1903. Ev 170 1 Raciocínio calmo e fervoroso -- O que queremos criar não é a excitação, mas uma reflexão profunda e fervorosa, a fim de que as pessoas que escutam, façam uma obra sólida, verdadeira, correta, genuína, que seja tão duradoura quanto a eternidade. Não temos ânsia de excitação, de sensacionalismo; quanto menos disso tivermos, tanto melhor. O raciocínio tranqüilo e fervoroso com base nas Escrituras, é precioso e frutífero. Nisto consiste o segredo do êxito, na pregação de um Salvador vivo, pessoal, de maneira tão simples e ardorosa que, pela fé as pessoas se apossem do poder da Palavra da vida. -- Carta 102, 1894. Ev 170 2 Apresentai as provas da verdade -- Não pode esperar-se que as pessoas vejam logo as vantagens da verdade sobre o erro que acariciavam. A melhor maneira de expor a fraude do erro é apresentar as provas da verdade. Esta é a maior condenação que pode ser feita do erro. Dissipai, com o reflexo da brilhante luz do Sol da Justiça, a nuvem de treva que paira sobre as mentes. -- Pacific Union Recorder, 23 de Outubro de 1902. Ev 170 3 Conquistar a confiança das pessoas -- Os que trabalham para Cristo devem ser homens e mulheres de grande discrição, de maneira que os que não lhes compreendem as doutrinas, se sintam inclinados a respeitá-los e considerá-los como pessoas desprovidas de fanatismo, isentas de leviandade e impetuosidade. Seus discursos e procedimento, bem como a conversação, devem ser de natureza tal que guiem os homens à conclusão de que esses ministros são homens de pensamento, de solidez de caráter, homens que temem e amam seu Pai Celestial. Devem conquistar a confiança das pessoas, de maneira que quem escuta a pregação saiba que os ministros não apresentaram uma fábula artificialmente composta, mas suas palavras são palavras de valor, um testemunho que exige meditação e atenção. Vejam-vos as pessoas exaltando a Jesus, e ocultando o eu. -- The Review and Herald, 26 de Abril de 1892. Ev 171 1 Nenhum raciocínio longo, rebuscado e complicado -- Cristo raramente buscou alguma vez provar que a verdade é verdade. Ilustrava a verdade em todos os seus ensinos, e deixava, depois, a Seus ouvintes a liberdade de aceitá-la ou rejeitá-la, segundo escolhessem. Não forçou ninguém a crer. No Sermão da Montanha instruiu as pessoas quanto à piedade prática, esboçando-lhes claramente o dever. Falou de maneira tal que recomendava a verdade à consciência. O poder manifestado pelos discípulos era revelado na clareza e no fervor com que expressavam a verdade. Ev 171 2 No ensino de Cristo não existe raciocínio longo, rebuscado e complicado. Ele fere a tecla justa. Em seu ministério lia todo o coração como um livro aberto, e da inexaurível provisão de Seu tesouro tirava coisas novas e velhas, para ilustrar e reforçar os Seus ensinos. Tocava o coração e despertava as simpatias. -- Manuscrito 24, 1891. Ev 171 3 Ensino doutrinário simples e concludente -- Umas poucas observações concludentes sobre algum ponto de doutrina, fixá-lo-á na mente com muito mais firmeza do que se fosse apresentada tão grande quantidade de elementos que nada se destacasse claro nem distinto na mente das pessoas alheias à nossa crença. De mistura com as profecias, deve haver lições práticas dos ensinos de Cristo. -- Carta 48, 1886. Ev 172 1 Deus dará palavras adequadas -- Que privilégio o de trabalhar pela conversão de almas! Elevada é a nossa vocação. ... A fim de capacitar-nos para fazer este trabalho, o Senhor nos fortalecerá as faculdades mentais, tão certamente como o fez com a mente de Daniel. Ao ensinarmos os que jazem em trevas a compreender as verdades que nos iluminaram a nós, Deus nos ensinará a compreender estas verdades ainda melhor, nós mesmos. Ele nos dará palavras adequadas para falar, comungando conosco por intermédio do anjo que está ao nosso lado. -- Manuscrito 126, 1902. Ev 172 2 Menos controvérsia -- mais de Cristo -- Precisamos muito menos controvérsia e muito mais apresentação da pessoa de Cristo. Nosso Redentor é o centro de toda a nossa fé e esperança. Os que podem apresentar o Seu amor inigualável e inspirar nos corações o desejo de dar-Lhe suas melhores e mais santas afeições, estão fazendo obra grandiosa e santa. -- The Colporteur Evangelist, 60, 61 (1902). Ev 172 3 Os muitos sermões argumentativos pregados, raramente enternecem e subjugam a alma. -- Carta 15, 1892. Ev 172 4 Não atacar -- Os que defendem a verdade podem ser justos e agradáveis. Não há necessidade de intromissão humana. Não vos compete usar o Espírito Santo, mas ao Espírito Santo o usar-vos a vós. ... Ev 172 5 Cuidai de não atacar nem uma vez. Precisamos de que o Espírito de Deus nos seja a vida e a voz. Nossa língua deve ser como a pena de um escritor capaz, porque o Espírito de Deus fala através do instrumento humano. Ao usardes dessa censura e ataque, misturastes parte de vós mesmos, e nada precisamos dessa mistura. -- Manuscrito 7, 1894. Ev 173 1 Não ataqueis as autoridades -- Nossa obra não consiste em atacar o Governo mas em preparar um povo para estar de pé no grande dia do Senhor. Quanto menos ataques fizermos às autoridades e governos tanto mais realizaremos para Deus. ... Ev 173 2 Se bem que a verdade deva ser defendida, esta obra deve ser feita no espírito de Jesus. Se o povo de Deus atuar sem paz nem amor, sofrerá grande perda, uma perda irreparável. As almas são afastadas de Cristo, mesmo depois de haverem estado ligadas a Sua obra. Ev 173 3 Não devemos julgar quem não teve as oportunidades nem os privilégios que nós tivemos. Alguns desses irão ao Céu adiante dos que tiveram grande luz, mas não viveram em conformidade com essa luz. Ev 173 4 Se quisermos convencer os descrentes de que possuímos a verdade que santifica a alma e transforma o caráter, não devemos acusá-los veementemente de seus erros. Se o fizermos, obrigamo-los a concluir que a verdade não nos torna bondosos nem corteses, mas ásperos e rudes. Ev 173 5 Alguns, facilmente excitáveis, estão sempre dispostos a pegar em armas de luta. Em tempos de provação, mostrarão que não alicerçaram a sua fé sobre a rocha sólida. ... Ev 173 6 Não façam os adventistas do sétimo dia coisa nenhuma que os assinale como desobedientes à lei ou a ela contrários. Apartem de sua vida toda incoerência. Nossa obra consiste em proclamar a verdade, deixando com o Senhor os resultados. Ev 173 7 Fazei tudo quanto está ao vosso alcance para refletir a luz, mas não profirais palavras que irritem ou provoquem. -- Manuscrito 117a, 1901. Ev 173 8 Apresentando a verdade de maneira violenta -- No passado tendes apresentado a verdade de maneira violenta, usando-a como se fora um chicote. Isso não glorificou ao Senhor. Destes ao povo os ricos tesouros da Palavra de Deus, mas a vossa maneira foi tão condenável que deles se afastaram. Não ensinastes a verdade pela maneira em que Cristo o fez. Vós a apresentais numa maneira que lhe prejudica a influência. ... Vosso coração precisa ser cheio da graça transformadora de Cristo. -- Carta 164, 1902. Ev 174 1 Apresentai a verdade com ternura -- Aprenda cada ministro a usar os sapatos do evangelho. Quem está calçado com a preparação do evangelho da paz, andará como Cristo andou. Poderá proferir palavras adequadas, e fazê-lo com amor. Não buscará incutir pela força a divina mensagem da verdade. Tratará com ternura cada coração, reconhecendo que o Espírito imprimirá a verdade nos que são susceptíveis às impressões divinas. Nunca terá maneiras impetuosas. Toda palavra que proferir exercerá influência suavizante e subjugante. ... Ev 174 2 Ao proferir palavras de reprovação, ponhamos na voz toda a ternura e amor cristãos possíveis. Quanto mais elevada for a posição de um ministro, tanto mais circunspecto deve ele ser em palavras e atos. -- Manuscrito 127, 1902. Ev 174 3 Reconquistar, de preferência a condenar -- Todos aqueles cujo coração está em harmonia com o coração do Infinito Amor, buscarão reaver e não condenar. A presença permanente de Cristo na alma é uma fonte que jamais secará. Onde Ele habita, haverá uma torrente de beneficência. -- O Maior Discurso de Cristo, 22 (1896). O sermão evangelístico Ev 174 4 Discurso simples; clareza de expressão -- O Senhor deseja que aprendais a usar a rede do evangelho. Muitos necessitam aprender essa arte. Para serdes bem-sucedidos em vossa obra, as malhas de vossa rede -- a aplicação das Escrituras -- devem ser finas, e o sentido facilmente compreensível. Então, ponde especial cuidado no recolher a rede. Ide direto ao ponto. Fazei com que as ilustrações falem por si mesmas. Por maior que seja o conhecimento de um homem, torna-se de nenhum valor, a não ser que ele o saiba comunicar aos outros. Que a emoção de vossa voz, seu profundo sentir, produza sua impressão nos corações. Animai vossos alunos a se entregarem a Deus. ... Ev 175 1 Tornai claras as vossas explanações; pois sei que muitos há que não compreendem muitas das coisas que se lhes dizem. Que o Espírito Santo molde e afeiçoe vosso discurso, purificando-o de toda escória. Falai como a crianças, lembrando-vos de que há muitos bem avançados em anos, que não passam de crianças no entendimento. Ev 175 2 Por meio de fervorosa oração e diligente esforço havemos de obter aptidão para falar. Esta aptidão inclui a pronúncia clara de cada sílaba, pondo a acentuação nos lugares que a requerem. Falai devagar. Muitos o fazem rapidamente, amontoando com precipitação as palavras umas sobre as outras, de modo que fica perdido o efeito do que dizem. Ponde no que dizeis o espírito e a vida de Cristo. ... Para os que ouvem, o evangelho se torna o poder de Deus para salvação. Apresentai o evangelho em sua simplicidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 227, 228, 229 (1913). Ev 175 3 Atenção à preparação dos sermões -- Os sermões proferidos sobre a verdade presente estão cheios de material importante, e se lhes for prestada cuidadosa consideração antes de serem apresentados ao público, se forem sintéticos e não abrangerem terreno demasiado, se o Espírito do Mestre transparecer em sua fraseologia, ninguém será deixado em trevas, ninguém terá motivo de queixa por não haver sido alimentado. A preparação, tanto do pregador como do ouvinte, tem muitíssimo que ver com o resultado. Ev 176 1 Citarei umas poucas palavras que ouvi recentemente: "Sempre sei pelo comprimento do discurso do Sr. Cannon, se ele esteve muito tempo fora de casa durante a semana", disse um membro de seu rebanho. "Quando estudados cuidadosamente, seus sermões são de extensão moderada, mas quase impossível é que os ouvintes esqueçam os ensinos neles apresentados. Quando não teve tempo de prepará-los, são excessivamente longos, e é igualmente impossível extrair deles alguma coisa que a memória retenha." Ev 176 2 A outro ministro capaz foi perguntado que extensão estava acostumado a dar a seus sermões. "Quando me preparo cabalmente, meia hora; quando estou apenas parcialmente preparado, uma hora; mas quando ocupo o púlpito sem preparo prévio, prossigo falando todo o tempo que quiserdes; de fato, nunca sei quando parar." Ev 176 3 Eis outra declaração bastante concludente: "Um bom pastor, diz um escritor, deve ter sempre abundância de pão em seu esboço, e o seu cachorro acorrentado. O cão é o seu zelo, que ele deve guiar, pôr em ordem e moderar. Seu esboço cheio de pão, é a sua mente cheia de conhecimento útil e ele deve estar sempre preparado para dar alimento ao seu rebanho." -- Carta 47, 1886. Ev 176 4 Cuidai da digestão espiritual -- "Não gosto de demorar-me muito mais que meia hora", disse um pregador fiel e fervoroso, que por certo nunca deu aos seus ouvintes alguma coisa cuja preparação não lhe houvesse custado nada. "Eu sei que a digestão espiritual de algumas pessoas é fraca e deve entristecer-me que meus ouvintes tenham que empregar a seguinte meia hora para esquecer o que lhes disse na meia hora anterior, ou a desejar que termine quando já lhes dei tanto quanto podem levar consigo." -- Carta 47, 1886. Ev 176 5 Abreviai vossos sermões longos -- Alguns de vossos discursos longos teriam muito melhor efeito sobre as pessoas se os dividísseis em três. As pessoas não podem digerir tanto; sua mente tampouco os pode apreender, e chegam a cansar-se e confundir-se ao ser-lhes apresentada tanta matéria em um único sermão. Duas terças partes dos sermões tão longos perdem-se, e o pregador esgota-se. Muitos de nossos ministros há que erram nesse sentido. O resultado sobre eles não é bom, porque se tornam cérebros cansados e sentem que estão carregando para o Senhor cargas pesadas e suportando durezas. ... Ev 177 1 Na sua essência e na prática, a verdade é tão diferente dos erros pregados dos púlpitos populares que, ao ser apresentada aos ouvintes pela primeira vez, quase os confunde. É alimento sólido e deve ser distribuído judiciosamente. Se bem que algumas mentes sejam rápidas para captar idéias, outras são lentas para compreender verdades novas e surpreendentes que envolvem grandes mudanças e apresentam uma cruz a cada passo. Concedei-lhes tempo para digerir as maravilhosas verdades da mensagem que lhes apresentais. Ev 177 2 Deve o pregador esforçar-se por levar consigo a compreensão e as simpatias das pessoas. Não vos eleveis alto demais, aonde não vos possam acompanhar, mas apresentai a verdade, ponto por ponto, lenta e distintamente, salientando uns poucos pontos essenciais, e então essa verdade será como um prego fixado em lugar seguro pelo "Mestre das congregações". Se parais quando deveis fazê-lo, não lhes dando por vez mais do que podem compreender e aproveitar, estarão ansiosos por ouvir mais, e assim será mantido o interesse. -- Carta 39, 1887. Ev 177 3 A reputação de ser orador interessante -- Ponde em vosso trabalho todo o entusiasmo que possais. Sejam curtos os vossos sermões. Duas razões existem, pelas quais deveis fazê-lo. Uma é que podeis conquistar a reputação de ser pregador interessante; a outra é que podeis preservar a vossa saúde. -- Carta 112, 1902. Ev 178 1 Sermões com idéias novas -- Não canseis jamais os ouvintes com sermões longos. Isso não é sábio. Durante muitos anos estive empenhada nesse assunto, tratando de que nossos irmãos sermoneiem menos e dediquem o seu tempo e energia para simplificar os pontos importantes da verdade, pois todo ponto será motivo de ataque de nossos oponentes. Todos quantos estejam relacionados com a obra devem manter idéias novas; ... e com tato e previsão fazei todo o possível para interessar os vossos ouvintes. -- Carta 48, 1886. Ev 178 2 Aplicai a verdade ao coração -- Em cada sermão feito seja aplicada uma verdade ao coração, para que todo aquele que ouvir entenda, e para que homens, mulheres e jovens se possam tornar vivos para Deus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 258 (1896). Ev 178 3 Fácil de compreender -- Pregai a Palavra de maneira que seja de compreensão fácil. Levai os ouvintes precisamente aonde está Jesus Cristo, em quem se centralizam suas esperanças de vida eterna. ... Ao levar-lhes a Palavra de Deus, apresentando-a em estilo simples, a semente brotará, e depois de algum tempo tereis uma colheita. Vosso trabalho consiste em semear a semente; a multiplicação da semente é obra divina do Senhor. -- Carta 34, 1896. Ev 178 4 Piedade prática em cada sermão -- É mais difícil atingir o coração dos homens hoje em dia, do que foi há vinte anos. Os argumentos mais convincentes podem ser apresentados, e não obstante, os pecadores parecerem estar tão distantes da salvação como nunca. Os ministros não devem pregar sermão após sermão somente sobre temas doutrinários. A piedade prática deve encontrar lugar em cada discurso. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1908. Ev 179 1 Pregai a realidade da mensagem -- Em certa ocasião, estando o célebre ator Betterton a jantar com o Dr. Sheldon, arcebispo de Cantuária, este lhe disse: "Faça o obséquio de dizer-me, Sr. Betterton, por que é que os atores impressionam tão fortemente o auditório, falando-lhes de coisas imaginárias?" "Senhor", respondeu Betterton, "com a devida submissão a Vossa Mercê, permita que lhe diga que a razão é clara: tudo consiste no poder do entusiasmo. Nós, no palco, falamos de coisas imaginárias como se fossem reais; e vós, no púlpito, falais de coisas reais como se fossem imaginárias." -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 255 (1913). Ev 179 2 Nenhum acordo -- Não devemos adular o mundo nem pedir-lhe perdão por ter que dizer-lhe a verdade; devemos desprezar toda dissimulação. Arvorai a vossa bandeira para pelejar pela causa dos homens e dos anjos. Entenda-se que os adventistas do sétimo dia não devem fazer acordos. Em vossas opiniões e fé não deve haver a menor aparência de incertezas; o mundo tem direito a saber que esperar de nós. -- Manuscrito 16, 1890. Ev 179 3 Nossa mensagem mundial -- Estamos unidos na fé quanto às verdades fundamentais da Palavra de Deus. ... Temos uma mensagem mundial. Os mandamentos de Deus e os testemunhos de Jesus Cristo são a responsabilidade do nosso trabalho. -- Carta 37, 1887. Ev 179 4 Pregação de reavivamento -- Arrependei-vos, arrependei-vos, era a mensagem proclamada por João Batista no deserto. A mensagem de Cristo para o povo era: "Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis." Lucas 13:5. E aos apóstolos foi ordenado pregar em toda parte que os homens deveriam arrepender-se. Ev 179 5 O Senhor quer que Seus servos hoje em dia preguem a antiga doutrina evangélica: tristeza pelo pecado, arrependimento e confissão. Necessitamos de sermões ao estilo antigo, costumes de estilo antigo, pais e mães em Israel de estilo antigo. Deve-se trabalhar em prol do pecador, perseverante, fervorosa e sabiamente, até que veja que é um transgressor da lei de Deus, e manifeste arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. -- Manuscrito 82, 1894. Ev 180 1 Pregação confortadora, poderosa -- Deveis ter clara compreensão do evangelho. A vida religiosa não é de melancolia e tristeza, mas de paz e regozijo unidos a dignidade cristã e santa solenidade. Não somos por nosso Salvador animados a entreter dúvidas e temores, nem perspectivas desanimadoras; não trazem elas alívio à alma e devem ser repelidas, e não louvadas. Podemos ter gozo inefável e glorioso. Ponhamos de parte nossa indolência e estudemos com mais constância a Palavra de Deus. Se alguma vez necessitamos de que o Espírito Santo estivesse conosco, se já necessitamos de pregar sob a manifestação do Espírito, agora é justamente esse tempo. -- Manuscrito 6, 1888. Ev 180 2 Uma animosa mensagem de verdade presente -- Agora, justamente agora, devemos proclamar a verdade presente, com certeza e vigor. Não firais uma nota lamentosa; não canteis hinos fúnebres. -- Carta 311, 1905. Ev 180 3 Como pregar acerca de calamidades -- Erguei os que estão desanimados. Considerai as calamidades como bênçãos disfarçadas; as aflições como mercês. Agi de maneira tal que faça brotar a esperança em lugar do desespero. -- Testimonies for the Church 7:272 (1902). Ev 180 4 A pressa produz sermões insípidos -- Ao apressar-vos de uma para outra coisa, se tendes tanto que fazer que não podeis dispor de tempo para conversar com Deus, como esperaríeis poder em vosso trabalho? O motivo de muitos de nossos ministros pregarem sermões insípidos e destituídos de vida, é permitirem eles que uma variedade de coisas de natureza mundana lhes ocupe o tempo e a atenção. -- Testimonies for the Church 7:251 (1902). Ev 181 1 Evitai os sermões enfermiços -- Pontos breves apresentados com clareza, que evitem toda divagação, serão da maior vantagem. Deus não quer que esgoteis vossas energias antes de ir para a reunião, quer seja escrevendo, quer em outra ocupação, pois ao andardes com a mente cansada, transmitis ao público um sermão muito imperfeito. Ponde na obra vossas energias mais vigorosas e não permitais que a mais leve sombra de imperfeição seja vista em qualquer de vossos esforços. Ev 181 2 Se por qualquer motivo estais cansados e exaustos, por amor de Cristo não tenteis fazer um sermão. Outra pessoa que não esteja assim esgotada fale um pouco, ferindo a tecla exata ou então faça um estudo bíblico; qualquer coisa, menos sermões enfermiços. Estes farão menos mal quando todos são crentes, mas ao ser a verdade proclamada perante quem não pertence à fé, deve o orador preparar-se para a tarefa. Não deve divagar por toda a Bíblia, mas fazer um sermão claro, organizado, que mostre que ele compreende os pontos que quer apresentar. -- Carta 48, 1886. Ev 181 3 Embelezamentos artificiais -- Deus pede aos ministros do evangelho que não busquem exceder-se além da sua capacidade com a apresentação de adornos artificiais, visando ao louvor e aplauso dos homens, sendo ambiciosos de uma vã ostentação de inteligência e eloquência. Seja a ambição dos ministros a investigação cuidadosa da Bíblia, a fim de conhecerem o máximo possível a Deus e a Jesus Cristo, a qual Ele enviou. Com quanto maior clareza os ministros discirnam a Cristo, e Lhe apanhem o espírito, com tanto maior vigor pregarão a simples verdade, da qual Cristo é o centro. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1896. Ev 182 1 Sermões "eloqüentes" -- O ministro pode fazer uma escalada aos Céus, por meio de descrições poéticas e apresentações fantasiosas que agradem os sentidos e alimentem a imaginação, mas não toquem a experiência da vida comum, as necessidades diárias; fazendo chegar ao coração as próprias verdades que são de interesse vital. As necessidades imediatas, as provações presentes, necessitam de auxílio e fortaleza presentes -- a fé que opera por amor e purifica a alma, não palavras que não têm influência real sobre o ativo andar diário em cristianismo prático. Ev 182 2 Pode o ministro pensar que com a sua eloquência fantasiosa fez grandes coisas na alimentação do rebanho de Deus; ou os ouvintes podem pensar que nunca dantes ouviram temas tão belos, que nunca viram a verdade revestida de linguagem tão bela, e como Deus lhes foi apresentado em Sua grandeza, sentiram um ardor de emoção. Mas investigai da causa para o efeito todo esse êxtase de sentimento causado por essas fantasiosas apresentações. Poderá haver verdades, mas demasiadas vezes elas não são o alimento que os fortalecerá para as lutas da vida diária. -- Manuscrito 59, 1900. Ev 182 3 Introduzindo assuntos laterais -- Não devem os irmãos pensar que, por não entenderem todos os pontos de menor importância com perfeita unanimidade de vistas, seja virtude o manterem-se afastados. Se concordam quanto às verdades fundamentais, não devem divergir nem discutir acerca de assuntos de real pouca importância. Deterem-se em questões de difícil compreensão, que afinal de contas não têm importância vital, tende a desviar a mente das verdades vitais para a salvação da alma. Devem os irmãos ser muito moderados no insistir sobre esses pontos secundários que muitas vezes eles próprios não compreendem, pontos que não sabem ser a verdade e não são essenciais para a salvação. ... Ev 182 4 Foi-me mostrado que o estratagema do inimigo é desviar a mente dos homens para algum ponto obscuro ou destituído de importância, alguma coisa que não está inteiramente revelada ou não é essencial para a salvação. Isto é transformado em tema absorvente, a "verdade presente", quando todas as investigações e suposições só servem para tornar os assuntos mais obscuros e confundir a mente de alguns que deveriam estar buscando a união pela santificação da verdade. -- Manuscrito 82, 1894. Ev 183 1 Pregai as verdades probantes -- Se permitimos que a mente siga seu próprio curso haverá pontos incontáveis de divergência que podem ser debatidos pelos homens que fazem de Cristo a sua esperança, e que amam a verdade com sinceridade, e, não obstante, mantêm opiniões divergentes sobre temas que não têm real importância. Estes assuntos controversos não devem ser apresentados nem debatidos em público, mas, se são defendidos por alguém, devem sê-lo serenamente e sem luta. ... Ev 183 2 O obreiro nobre, devoto e espiritual, verá nas grandes verdades probantes que constituem a solene mensagem que deve ser dada ao mundo, razão suficiente para manter ocultas todas as divergências menores, de preferência a expô-las para que sejam objeto de contenda. Ocupe-se a mente na grande obra da redenção, a breve vinda de Cristo, e os mandamentos de Deus; e verificar-se-á que há, nesses temas, alimento suficiente para ocupar toda atenção. -- The Review and Herald, 11 de Setembro de 1888. Ev 183 3 A voz na apresentação do sermão -- Pregai sermões curtos, controlai a voz, ponde nela toda a melodia e expressão que puderdes, e evitar-se-á esse terrível esgotamento a que está exposto o pregador que faz sermões longos e intermináveis. ... Ev 183 4 Muito do efeito dos discursos fica perdido pela maneira em que estes são apresentados. Com freqüência o orador esquece que é mensageiro de Deus, e que Cristo e os anjos estão em seu auditório como ouvintes. Sua voz não deve elevar-se a uma tonalidade muito alta, gritando a verdade como se fosse uma trombeta; porque isto é mais potência nervosa do que espírito tranqüilo e poder do Espírito Santo. Jesus, o maior Mestre que o mundo já conheceu, era calmo, fervoroso e impressivo em Seus discursos. Ele é nosso exemplo em todas as coisas. -- Carta 47, 1886. Ev 184 1 Gesticulação violenta -- O Senhor requer de vós que façais melhoras concretas em vossa maneira de apresentar a verdade. Não deveis ser sensacionalistas. Pregai a Palavra, como Cristo, o Filho de Deus, pregava a Palavra. As gesticulações violentas diminuem grandemente as impressões que a verdade faria sobre os corações humanos, e roubam a força das manifestações do Espírito de Deus. Elas apagam as solenes impressões referentes à Palavra de Deus que os santos anjos anseiam sejam feitas na mente. ... Ev 184 2 Meu irmão, o Senhor me deu uma mensagem para vós. O ministro evangélico está empenhado numa obra muito solene e sagrada. Em toda reunião em que a Palavra de Deus é ensinada, acham-se presentes anjos, e quem dirige essas reuniões deve agir com a solenidade que Cristo manifestou em Seus ensinos. O molde correto precisa ser aplicado a cada apresentação da verdade bíblica. -- Carta 366, 1906. Cristo, o centro da mensagem Ev 184 3 Jesus Cristo, o grande centro de atração -- A mensagem do terceiro anjo exige a apresentação do sábado do quarto mandamento, e esta verdade deve ser apresentada ao mundo; mas o grande centro de atração, Jesus Cristo, não deve ser deixado fora da mensagem do terceiro anjo. ... Ev 185 1 O pecador precisa olhar sempre para o Calvário, e com a fé simples de uma criancinha, confiar nos méritos de Cristo, aceitando a Sua justiça e crendo em Sua misericórdia. Os que trabalham na causa da verdade devem apresentar a justiça de Cristo. -- The Review and Herald, 20 de Março de 1894. Ev 185 2 Exaltai a Cristo -- Cristo crucificado, Cristo ressurgido, Cristo assunto aos Céus, Cristo vindo outra vez, deve abrandar, alegrar e encher o espírito do ministro, de tal forma, que apresente estas verdades ao povo com amor e profundo zelo. O ministro desaparecerá então, e Jesus será revelado. Ev 185 3 Exaltai a Jesus, vós que ensinais o povo, exaltai-O nos sermões, em cânticos, em oração. Que todas as vossas forças convirjam para dirigir ao "Cordeiro de Deus" almas confusas, transviadas, perdidas. Exaltai-O, ao ressuscitado Salvador, e dizei a todos quantos ouvem: Ide Àquele que "vos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós". Efésios 5:2. Seja a ciência da salvação o tema central de todo sermão, de todo hino. Seja manifestado em toda súplica. Não introduzais em vossas pregações coisa alguma que seja em suplemento a Cristo, a sabedoria e o poder de Deus. Mantende perante o povo a Palavra da vida, apresentando Jesus como a esperança do arrependido e a fortaleza de todo crente. Revelai o caminho da paz à alma turbada e acabrunhada, e manifestai a graça e suficiência do Salvador. -- Obreiros Evangélicos, 159, 160 (1915). Ev 185 4 Em cada discurso -- Há mais pessoas do que pensamos ansiando por encontrar o caminho para Cristo. Os que pregam a última mensagem de misericórdia, devem ter em mente que Cristo tem de ser exaltado como o refúgio do pecador. Alguns ministros pensam não ser necessário pregar arrependimento e fé; julgam que seus ouvintes se acham relacionados com o evangelho, e que devem ser apresentados assuntos de diferente natureza, a fim de lhes prender a atenção. Muitas pessoas, no entanto, são lamentavelmente ignorantes quanto ao plano da salvação; precisam mais de instrução quanto a esse tema todo-importante, do que sobre qualquer outro. Ev 186 1 São essenciais discursos teóricos, para que o povo veja a cadeia da verdade, elo após elo, ligando-se num todo perfeito; mas nunca se deve pregar um sermão sem apresentar a Cristo, e Ele crucificado, como a base do evangelho. Os ministros alcançariam mais corações, se salientassem mais a piedade prática. -- Idem, 158, 159 (1915). Ev 186 2 Pregando a Cristo por experiência -- Cada mensageiro deve sentir-se no dever de apresentar a plenitude de Cristo. Se não é apresentado o dom gratuito da justiça de Cristo, os discursos são áridos e sem vigor; as ovelhas e os cordeiros não são alimentados. Disse Paulo: "A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder." Há no evangelho tutano e gordura. Jesus é o centro vivo de todas as coisas. Introduzi a Cristo em cada sermão. Fazei com que a preciosidade, a misericórdia e a glória de Jesus Cristo sejam contempladas até que Cristo, a esperança da glória, seja formado no homem interior. ... Ev 186 3 Ajuntemos o que a nossa própria experiência nos revelou ser a preciosidade de Cristo, e apresentemo-lo a outros como uma preciosa gema que fulgura e brilha. Assim será o pecador atraído a quem é representado como Chefe entre dez mil e totalmente desejável. A cruz do Calvário é para nós um penhor de vida eterna. A fé em Cristo significa tudo para o crente sincero. Os méritos de Jesus apagam as transgressões, e cobrem-nos com as vestes da justiça tecidas no tear do Céu. A coroa da vida é-nos apresentada como a honra a ser conferida no final da luta. Estas preciosas verdades devem ser manifestadas em caracteres vivos. -- The Review and Herald, 19 de Março de 1895. Ev 187 1 Os temas de nossos sermões -- São estes os nossos temas: Cristo crucificado pelos nossos pecados, Cristo ressuscitado dentre os mortos, Cristo nosso intercessor perante Deus; e intimamente relacionada com estes assuntos acha-se a obra do Espírito Santo, representante de Cristo, enviado com poder divino e com dons para os homens. -- Carta 86, 1895. Ev 187 2 Sua preexistência, Sua vinda pela segunda vez, em glória e majestade. Sua dignidade pessoal, Sua santa lei exaltada, são os temas que têm sido abordados com simplicidade e poder. -- Carta 83, 1895. Ev 187 3 Mensagem afirmativa -- Apresentai com voz genuína uma mensagem afirmativa. Exaltai-O, ao Homem do Calvário, cada vez mais alto. Há poder na exaltação da cruz de Cristo. ... Ev 187 4 Cristo deve ser pregado, não em forma de controvérsia mas de maneira afirmativa. Assumi a vossa posição sem contenda. Não sejam indecisas as vossas palavras em momento algum. A Palavra do Deus vivo deve ser o alicerce de nossa fé. Reuni as mais vigorosas declarações afirmativas atinentes à expiação que Cristo fez pelos pecados do mundo. Mostrai a necessidade dessa expiação, e dizei aos homens e mulheres que se se arrependerem e tornarem à lealdade à lei de Deus, podem ser salvos. Reuni todas as declarações afirmativas e provas que fazem do evangelho as boas novas de salvação para todos quantos recebem a Cristo e nEle crêem como seu Salvador pessoal. -- Carta 65, 1905. Ev 187 5 Sermão igual à oferta de Caim -- Muitos de nossos ministros têm apenas feito sermões, apresentando os assuntos por meio de argumentos, mencionando pouco o poder salvador do Redentor. Seu testemunho era destituído do sangue salvador de Cristo. Sua oferta assemelhava-se à de Caim. Traziam ao Senhor os frutos da terra, os quais eram, em si mesmos, aceitáveis aos olhos de Deus. Muito bom era, na verdade, o fruto; mas, a virtude da oferta -- o sangue do Cordeiro morto, representando o sangue de Cristo -- isso faltava. O mesmo acontece com sermões destituídos de Cristo. Os homens não são por eles aguilhoados até ao coração; não são levados a indagar. Que devo fazer para me salvar? Ev 188 1 De todos os professos cristãos, devem os adventistas do sétimo dia ser os primeiros a exaltar a Cristo perante o mundo. -- Obreiros Evangélicos, 156 (1915). Ev 188 2 De maneira clara, simples -- Precisam os ministros ter uma maneira mais clara e simples de apresentar a verdade tal como é em Jesus. Sua própria mente precisa compreender mais plenamente o grande plano da salvação. Podem, então, conduzir a mente dos ouvintes, das coisas terrestres para as espirituais e eternas. Muitas pessoas há que querem saber que fazer para serem salvas. Querem uma explicação simples e clara dos passos indispensáveis para a conversão e nenhum sermão deve ser feito sem que nele se contenha uma porção especialmente destinada a esclarecer o caminho pelo qual os pecadores podem atingir a Cristo para salvarem-se. Devem encaminhá-los a Cristo, como o fez João e, com comovedora simplicidade, estando-lhes o coração a arder com o amor de Cristo, devem dizer: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." Veementes e fervorosos apelos devem ser feitos ao pecador para que se arrependa e converta. -- The Review and Herald, 22 de Fevereiro de 1887. Ev 188 3 A verdade tal como é em Jesus -- Ensinai as simples lições dadas por Cristo. Contai a história de Sua vida de abnegação e sacrifício, Sua humilhação e morte, ressurreição e ascensão, Sua intercessão pelos pecadores nas cortes do Alto. Há, em todas as congregações almas sobre quem o Espírito do Senhor Se está movendo; ajudai-as a compreender o que é a verdade; reparti com elas o pão da vida; chamai a sua atenção para as questões vitais. Ev 189 1 Há muitas vozes advogando o erro; que a vossa defenda a verdade. Apresentai assuntos que sejam como verdes pastos para as ovelhas do rebanho de Deus. Não leveis vossos ouvintes a regiões agrestes, onde se não encontrarão mais próximos da fonte da água viva do que o estavam antes de vos ouvir. Apresentai a verdade tal como é em Jesus, tornando claras as exigências da lei e do evangelho. Apresentai a Cristo, o caminho, a verdade e a vida, e falai do Seu poder de salvar a todos quantos a Ele se chegam. O Capitão de nossa salvação está intercedendo por Seu povo, não como um suplicante que quer mover a compaixão do Pai, mas como vencedor que reclama os troféus da Sua vitória. Ele é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos por intermédio dEle se aproximam de Deus. Tornai bem claro este fato. Ev 189 2 A menos que os ministros sejam cautelosos, hão de ocultar a verdade sob ornamentos humanos. Não pense nenhum ministro que pode converter almas com sermões eloqüentes. Os que ensinam a outros devem suplicar a Deus que lhes comunique Seu Espírito, e os habilite a exaltar a Cristo como a única esperança do pecador. Linguagem floreada, contos agradáveis ou anedotas impróprias não convencem o pecador. Os homens ouvem tais palavras, como o fariam a uma canção aprazível. A mensagem que o pecador deve ouvir, é: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. A recepção do evangelho não depende de testemunhos eruditos, de discursos eloqüentes, ou de argumentos profundos, mas de sua simplicidade, e de sua adaptação aos que se acham famintos do pão da vida. -- Obreiros Evangélicos, 154, 155 (1915). Ev 189 3 O amor de Cristo exaltado -- A fim de derribar as barreiras do preconceito e da impenitência, deve o amor de Cristo ocupar um lugar em cada sermão. Fazei com que os homens saibam quanto Jesus os ama, e que provas deu de Seu amor. Que amor pode igualar o que Deus manifestou para com o homem por meio da morte de Cristo na cruz? Quando o coração está repleto do amor de Jesus, este pode ser apresentado ao povo, e tocará os corações. -- Carta 48, 1886. Ev 190 1 A cruz como fundamento de todo discurso -- O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado, é a grande verdade em torno da qual se agrupam as outras. A fim de ser devidamente compreendida e apreciada, toda verdade da Palavra de Deus, de Gênesis a Apocalipse, precisa ser estudada à luz que dimana da cruz do Calvário. Apresento perante vós o grande, magno monumento de misericórdia e regeneração, salvação e redenção -- o Filho de Deus erguido na cruz. Isto tem de ser o fundamento de todo discurso feito por nossos ministros. -- Obreiros Evangélicos, 315 (1915). Ev 190 2 Cristo e sua justiça -- Cristo e Sua justiça -- seja esta a nossa plataforma, a própria vida de nossa fé. -- The Review and Herald, 31 de Agosto de 1905. Ev 190 3 Verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo -- Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e respondi-lhes: "É verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo." -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1890. Ev 190 4 Apresenta um Salvador crucificado -- Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida. Ev 191 1 O Salvador crucificado deve aparecer em Sua eficaz obra como o Cordeiro sacrificado, sentado no trono, para dispensar as inestimáveis bênçãos do concerto, os benefícios que Sua morte concederia a cada alma que nEle cresse. João não podia exprimir em palavras esse amor; era profundo e amplo demais; ele apela à família humana para que o contemple. Cristo intercede pela igreja nas cortes celestiais, lá em cima, rogando por aqueles por quem pagou o preço da redenção -- Seu próprio sangue. Os séculos, o tempo, nunca poderão diminuir a eficácia de Seu sacrifício expiatório. A mensagem do evangelho de Sua graça devia ser dada à igreja em linhas claras e distintas, para que não mais o mundo dissesse que os adventistas do sétimo dia falam na lei, na lei, mas não ensinam a Cristo nem nEle crêem. Ev 191 2 A eficácia do sangue de Cristo devia ser apresentada ao povo com vigor e poder, para que sua fé se pudesse apropriar de Seus méritos... Ev 191 3 Por anos tem estado a igreja olhando para o homem, e dele muito esperando, mas sem olhar para Jesus, em quem Se centraliza nossa esperança de vida eterna. Portanto, Deus deu a Seus servos um testemunho que apresentava a verdade como esta é em Jesus, e que é a terceira mensagem angélica, em linhas claras e distintas. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 91-93 (1896). Ev 191 4 Cristo ou a penitência -- Quando a mensagem do terceiro anjo é pregada como deve ser, há poder que lhe acompanha a proclamação, e ela se torna uma influência permanente. Precisa ela ser acompanhada do poder divino, sem o que nada realizará. ... Ev 192 1 As penitências, mortificações da carne, confissão constante de pecado, sem arrependimento sincero; jejuns, dias santificados, e observâncias externas, desacompanhados da verdadeira devoção -- são todos destituídos de valor. O sacrifício de Cristo é suficiente; Ele fez uma oferta a Deus, completa, eficaz; e inútil é o esforço humano sem o mérito de Cristo. ... Ev 192 2 O plano da salvação não é considerado como sendo aquele pelo qual o divino poder é comunicado ao homem a fim de que o esforço humano alcance êxito integral. ... Ev 192 3 Sem o processo transformador que só pode advir através do divino poder, as propensões originais para o pecado permanecem no coração com toda a sua força, para forjar novas cadeias, para impor uma escravidão que nunca pode ser desfeita pela capacidade humana. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1890. Ev 192 4 Uma mensagem de verdade presente -- De todo o coração agradecemos ao Senhor o possuirmos luz preciosa para apresentar às pessoas, e folgamos por ter, para esse tempo, uma mensagem que é a verdade presente. As novas de que Cristo é a nossa justiça produziram alívio a muitas, muitas almas e Deus diz ao Seu povo: "Avançai." -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1889. Ev 192 5 Uma mensagem para as igrejas e para novos campos -- Os ministros precisam apresentar a Cristo em Sua plenitude, tanto nas igrejas, como em novos campos, a fim de que os ouvintes possuam fé esclarecida. O povo deve estar instruído de que Cristo lhe é salvação e justiça. É o estudado desígnio de Satanás impedir as almas de crer em Cristo, como sua única esperança; pois o sangue de Cristo, que purifica de todo pecado, só é eficaz em favor daqueles que acreditam em seus méritos. -- Obreiros Evangélicos, 162 (1915). Ev 193 1 Alguns escutam o último sermão -- Deus quer desviar a mente da convicção da lógica para uma convicção mais profunda, elevada, pura e gloriosa. Muitas vezes a lógica humana tem quase extinguido a luz que Deus quer fazer brilhar em claros raios, para convencer os homens de que o Senhor da Natureza é digno de todo o louvor e glória, porque é o Criador de todas as coisas. Ev 193 2 Alguns ministros erram em tornar seus sermões inteiramente argumentativos. Pessoas há que escutam a teoria da verdade, e são impressionadas com as provas apresentadas; então, se Cristo é apresentado como Salvador do mundo, a semente lançada pode brotar e dar frutos para a glória de Deus. Mas freqüentemente a cruz do Calvário não é apresentada perante o povo. Alguns talvez estejam escutando o último sermão que lhes será dado ouvir, e, perdida a oportunidade áurea, está perdida para sempre. Se, juntamente com a teoria da verdade, Cristo e Seu amor redentor houvessem sido proclamados, esses poderiam ter sido atraídos para o Seu lado. -- Idem, 157, 158 (1915). Pregação profética que atrai a atenção Ev 193 3 Chamai a atenção para as profecias -- Devem os seguidores de Cristo associar-se num poderoso esforço para chamar a atenção do mundo para as profecias da Palavra de Deus que se cumprem rapidamente. -- Manuscrito 38, 1905. Ev 193 4 Só a profecia tem a resposta para as perguntas de pessoas pensantes -- As profecias que o grande EU SOU tem dado em Sua Palavra, unindo elo com elo na cadeia dos acontecimentos da eternidade no passado à eternidade no futuro, dizem-nos onde estamos hoje na sucessão dos séculos, e o que se pode esperar no tempo por vir. Tudo o que a profecia tem predito que haveria de acontecer, até o presente, tem tomado lugar nas páginas da História, e podemos estar certos de que tudo quanto ainda está por suceder será cumprido no seu devido tempo. Ev 194 1 Hoje os sinais dos tempos declaram que estamos no limiar de grandes e solenes eventos. Tudo em nosso mundo está em agitação. Ante nossos olhos cumprem-se as profecias do Salvador, de acontecimentos que precederiam Sua vinda. "E ouvireis de guerras e de rumores de guerra. ... Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares." Mateus 24:6, 7. Ev 194 2 O tempo presente é de dominante interesse para todos os viventes. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção posta nos acontecimentos que tomam lugar ao nosso redor. Estão observando as relações que existem entre as nações. Eles examinam a intensidade que está tomando posse de cada elemento terreno, e reconhecem que algo grande e decisivo está para acontecer -- que o mundo está no limiar de uma crise estupenda. Ev 194 3 A Bíblia, e a Bíblia só, permite uma visão correta dessas coisas. Nela estão reveladas as grandes cenas finais da história de nosso mundo, acontecimentos que já estão lançando suas primeiras sombras, o som de cuja aproximação fazendo tremer a Terra, e o coração dos homens desmaiando de terror. -- Profetas e Reis, 536, 537 (1916). Ev 194 4 Dai à trombeta sonido certo -- Muitos há que não compreendem as profecias referentes aos nossos dias, e precisam ser esclarecidos. É dever, tanto do vigia como do leigo, dar à trombeta sonido certo. Sede fervorosos, "clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados". -- Carta 1, 1875. Ev 195 1 Acumulai as nítidas verdades proféticas -- Os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e por nosso trabalho devemos advertir o povo do perigo em que está. Não deixeis que as cenas solenes que a profecia tem revelado sejam deixadas por tocar. Se nosso povo estivesse meio desperto, se reconhecesse a proximidade dos acontecimentos descritos no Apocalipse, operar-se-ia uma reforma em nossas igrejas, e muitos mais creriam na mensagem. Ev 195 2 Não temos tempo a perder; Deus apela para que vigiemos pelas almas como aqueles que devem dar contas. Promovei novos princípios e entremeai a evidente verdade. Será como uma espada de dois gumes. Mas não sejais prontos demais a assumir uma atitude de controvérsia. Há ocasiões em que devemos ficar quietos e ver a salvação de Deus. Deixemos que Daniel fale; que fale o Apocalipse e digam a verdade. Mas seja qual for o aspecto do assunto apresentado, elevai a Jesus como o centro de toda a esperança, "a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã". -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 118 (1896). Ev 195 3 De maneira nova e impressiva -- Não permitais que o ensino se processe em forma insossa, abstrata, como tem-no sido em muitos casos, mas apresentai as verdades da Palavra de Deus de maneira nova e impressiva. ... Ev 195 4 O livro do Apocalipse deve ser aberto perante o público. A muitos lhes foi ensinado que é um livro selado; mas está selado unicamente para quem rejeita a luz e a verdade. A verdade que contém deve ser proclamada, a fim de que as pessoas tenham uma oportunidade de preparar-se para os acontecimentos que logo ocorrerão. A mensagem do terceiro anjo deve ser apresentada como a única esperança de salvação de um mundo que perece. -- Carta 87, 1896. Ev 196 1 As três mensagens são importantes -- O tema da maior importância é a mensagem do terceiro anjo, que abrange as mensagens do primeiro e do segundo anjos. Todos deverão compreender as verdades contidas nessas mensagens e demonstrá-las na vida diária, pois isso é essencial para a salvação. Teremos que estudar com empenho e com oração, a fim de compreender estas grandes verdades; e à capacidade de apreender e compreender será imposto o máximo de esforço. -- Carta 97, 1902. Ev 196 2 A profecia, o alicerce de nossa fé -- Os ministros devem apresentar a firme palavra da profecia como o fundamento da fé dos adventistas do sétimo dia. As profecias de Daniel e Apocalipse devem ser cuidadosamente estudadas e, em ligação com elas, as palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Ev 196 3 O capítulo vinte e quatro de S. Mateus é-me apresentado repetidamente como devendo ser exposto à atenção de todos. Vivemos atualmente no tempo em que as predições deste capítulo se estão cumprindo. Expliquem nossos ministros e mestres essas profecias àqueles que estão instruindo. Deixem fora de seus discursos assuntos de menor importância, e apresentem as verdades que hão de decidir o destino das almas. -- Obreiros Evangélicos, 148 (1915). Ev 196 4 Verdades concernentes a todos quantos vivem agora -- Temos que proclamar ao mundo as grandes e solenes verdades do Apocalipse. Estas verdades têm que entrar nos próprios desígnios e princípios da igreja de Deus. É pronunciada uma bênção sobre quem presta a devida consideração a esta comunicação. A bênção é prometida para estimular o estudo desse livro. Não devemos, de maneira alguma, cansar-nos de examiná-lo por motivo de seus símbolos aparentemente místicos. Cristo nos pode dar a compreensão. ... Ev 197 1 Deve haver estudo mais acurado e mais diligente do Apocalipse, e apresentação mais fervorosa das verdades que contém -- verdades que concernem a todos quantos vivem nestes últimos dias. -- Manuscrito 105, 1902. Ev 197 2 Uma mensagem para todo o mundo -- A visão que Cristo apresentou a João, apresentando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, deve ser definidamente proclamada a todas as nações, povos e línguas. As igrejas que são representadas por Babilônia, são apresentadas como tendo caído de seu estado espiritual para se tornarem um poder perseguidor contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Esse poder perseguidor é representado a João como tendo chifres de cordeiro mas falando como dragão. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 117 (1896). Ev 197 3 Recebendo o apoio da congregação -- As reuniões do irmão _____ eram bem freqüentadas, e o público lhe escutava as palavras com atento interesse; o interesse continuou do princípio ao fim. Com a Bíblia na mão, e alicerçando os seus argumentos na Palavra de Deus, o irmão _____ lhes descreveu as profecias de Daniel e do Apocalipse. Poucas eram as suas próprias palavras; ele fazia com que as próprias Escrituras explicassem a verdade às pessoas. Depois de apresentar-lhes a verdade, o Pastor _____ arrancava de seu auditório uma manifestação de opinião. "Agora", dizia ele, "os que reconhecem ser verdade o que estou a dizer, levantem a mão"; e, em apoio, muitas mãos foram levantadas. Mal posso descrever-vos o interesse que o seu trabalho suscitou. -- Carta 400, 1906. Ev 198 1 Atitude moderna para com a verdade profética -- Como na antiguidade, ao claro testemunho da Palavra de Deus opunha-se a indagação: "Têm crido alguns dos príncipes ou dos fariseus?" E, vendo quão difícil tarefa era refutar os argumentos aduzidos dos períodos proféticos, muitos desacoroçoavam o estudo das profecias, ensinando que os livros proféticos estavam selados, e não deveriam ser compreendidos. Multidões, confiando implicitamente nos pastores, recusaram-se a ouvir a advertência; e outros, ainda que convictos da verdade, não ousavam confessá-la para não ser "expulsos da sinagoga". A mensagem que Deus enviara para provar e purificar a igreja revelou com muita evidência quão grande era o número dos que haviam posto a afeição neste mundo ao invés de em Cristo. Os laços que os ligavam à Terra, mostravam-se mais fortes do que as atrações ao Céu. Preferiam ouvir a voz da sabedoria mundana, e desviavam-se da probante mensagem da verdade. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 380 (1888). Ev 198 2 Versado em todos os pontos da história profética -- Os jovens que desejam dedicar-se ao ministério, ou que já o fizeram, devem familiarizar-se com todos os pontos da história profética, e todas as lições dadas por Cristo. -- Obreiros Evangélicos, 98 (1915). Ev 198 3 Maior luz sobre as profecias -- Maior luz brilhará sobre todas as grandes verdades da profecia, e serão compreendidas com vivacidade e brilho, porque os radiantes raios do Sol da Justiça iluminarão todo o conjunto. Ev 198 4 Cremos nós que estamos chegando à crise, que estamos vivendo mesmo nas últimas cenas da história da Terra? Despertaremos agora para fazer a obra que este tempo requer, ou esperaremos até que nos atinjam as coisas que tenho apresentado? -- Manuscrito 18, 1888. Ev 199 1 Profecias já esclarecidas -- O Senhor deseja que todos Lhe compreendam o trato providencial agora, precisamente agora, no tempo em que vivemos. Não deve haver longas discussões que apresentem teorias novas atinentes às profecias que Deus já esclareceu. A grande obra, de que a alma não deve ser desviada agora, é a consideração de nossa segurança pessoal à vista de Deus. Estão os nossos pés firmados na Rocha dos séculos? Estamo-nos abrigando em nosso único Refúgio? Com fúria inexorável aproxima-se a tormenta. Estamos nós preparados para enfrentá-la? Somos nós um com Cristo, assim como Ele é um com o Pai? Somos nós herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo? Estamos nós trabalhando em comunhão de interesses com Cristo? -- Manuscrito 32a, 1896. Ev 199 2 Ensinai as lições de Cristo -- O apóstolo apresenta uma solene incumbência a todo ministro do evangelho. Ele os conjura, perante Deus e o Senhor Jesus Cristo, que julgará os vivos e os mortos, a pregarem a Palavra, e não devem dar preferência unicamente às profecias e às porções controversas das Escrituras, mas as maiores e mais importantes lições que nos são dadas, são as que nos foram dadas pelo próprio Jesus Cristo. -- Manuscrito 13, 1888. Reter a verdade sem obscurecê-la Ev 199 3 O mais sólido alimento não se destina a crianças -- Apresente-se a verdade tal como é em Jesus, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Falai do amor de Deus com palavras de fácil compreensão. A verdade bíblica apresentada com a humildade e o amor de Jesus exercerá influência notável sobre muitas mentes. Ev 200 1 Muitas almas estão famintas do pão da vida. Seu clamor é: "Dai-me pão; e não me deis uma pedra. É pão que eu preciso." Alimentai essas almas que perecem, que morrem de fome. Lembrem-se nossos ministros de que o alimento mais sólido não é para ser dado às crianças que não conhecem os rudimentos da verdade como nós a cremos. Em cada época teve o Senhor uma mensagem especial para o povo desse tempo; assim nós temos uma mensagem para o povo nesta era. Mas se bem que tenhamos muita coisa para dizer, podemos ver-nos obrigados a reter algumas delas por algum tempo, porque as pessoas não estão preparadas para recebê-las agora. -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1902. Ev 200 2 Preparai o solo antes de semear a semente -- Ao trabalhardes em campo novo, não penseis ser o vosso dever declarar imediatamente ao povo: Somos adventistas do sétimo dia; cremos que o dia de repouso é o sábado; acreditamos que a alma não é imortal. Isso haveria de levantar enorme barreira entre vós e aqueles a quem desejais alcançar. Falai-lhes, em se vos oferecendo oportunidade, de pontos de doutrina sobre os quais estais em harmonia. Insisti sobre a necessidade da piedade prática. Tornai-lhes patente que sois um cristão, desejando paz, e que amais sua alma. Vejam eles que sois conscienciosos. Assim lhes granjeareis a confiança; e haverá tempo suficiente para as doutrinas. Seja o coração conquistado, o solo preparado, e depois semeai a semente, apresentando em amor a verdade como é em Cristo. -- Obreiros Evangélicos, 119, 120 (1915). Ev 200 3 Cuidai para não fechar os ouvidos dos ouvintes -- Ontem à noite, em minhas horas de sono, pareceu-me estar numa reunião com meus irmãos, escutando Alguém que falava como quem possui autoridade. Disse Ele: "Muitas almas assistirão a esta reunião, as quais honestamente desconhecem as verdades que lhes serão apresentadas. Elas escutarão e interessar-se-ão porque Cristo as está atraindo. Diz-lhes a consciência que o que ouvem é verdadeiro, pois tem por fundamento a Bíblia. O maior cuidado deve ser exercido ao tratar com essas almas." Ev 201 1 De início, não apresenteis às pessoas os aspectos de nossa fé que despertem mais objeções, para que não fecheis os ouvidos das pessoas para quem estas coisas chegam como uma revelação. Sejam-lhes apresentadas porções adaptadas à sua compreensão e apreciação; embora lhes pareça estranho e alarmante, muitos reconhecerão com júbilo a nova luz projetada sobre a Palavra de Deus, ao passo que se a Verdade fosse apresentada em tão grande medida que não pudessem recebê-la, alguns se afastariam para nunca mais voltar. Mais do que isso, deturpariam a verdade. -- General Conference Bulletin, 25 de Fevereiro de 1895. Ev 201 2 Um pouco aqui, um pouco ali -- Os que foram instruídos na verdade por preceito e exemplo, devem exercer grande tolerância com outras pessoas que não tiveram conhecimento algum das Escrituras senão pelas interpretações dadas por ministros e membros de igrejas, e que receberam tradições e fábulas como sendo a verdade bíblica. Elas se surpreendem com a apresentação da verdade; é-lhes uma nova revelação, e não podem suportar toda a verdade, na feição mais incisiva, se lhes for apresentada logo de início. Tudo é novo e estranho, e inteiramente diverso do que ouviram de seus ministros, e inclinam-se a acreditar no que os ministros lhes disseram: que os Adventistas do Sétimo Dia são incrédulos e não crêem na Bíblia. Seja a verdade apresentada tal como é em Jesus, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. -- Manuscrito 95, 1894. Ev 201 3 Apresentai um ponto por vez -- Os instrutores da Palavra de Deus não devem ocultar parte alguma do conselho divino, para que as pessoas não ignorem o seu dever e deixem de entender qual seja a seu respeito a vontade de Deus, e tropecem e caiam para a perdição. Mas conquanto o instrutor da verdade deva ser fiel na apresentação do evangelho, nunca verta uma quantidade tão grande de matéria que os ouvintes não possam apreendê-la por ser-lhes nova e de difícil compreensão. Apresentai um ponto por vez, e esclarecei esse ponto, falando lentamente e com voz clara. Falai de maneira tal que as pessoas vejam a relação existente entre esse ponto e as outras verdades de importância vital. ... Se o orador se esconde em Cristo, será difícil criar preconceito no coração de quem está em busca da verdade como de tesouros escondidos; porque então revelará a Cristo, e não a si próprio. -- Manuscrito 39, 1895. Ev 202 1 Repisar as verdades afirmativas -- Não vos detenhais nos pontos negativos das questões que surjam, mas reuni na mente verdades afirmativas e fixadas ali mediante um estudo, oração fervorosa e consagração de coração. Mantende espevitadas e acesas as vossas lâmpadas; e fazei com que delas irradiem brilhantes raios de luz, para que os homens, vendo vossas boas obras, sejam induzidos a glorificar vosso Pai que está nos Céus. Ev 202 2 Tinha o grande Mestre, em mãos, todo o esquema da verdade, mas não o descerrou todo aos Seus discípulos. Ele lhes abriu unicamente os temas que lhes eram essenciais para o avanço no caminho do Céu. Muitas coisas havia sobre que Sua sabedoria O fazia silenciar. Assim como Cristo reteve muitas coisas de Seus primeiros discípulos, por saber que lhes seria impossível compreendê-las, também retém de nós muitas coisas, porque conhece a nossa capacidade de compreensão. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1908. Recursos para ensinar a verdade Ev 203 1 As parábolas e os símbolos de Cristo -- Devemos procurar seguir mais estritamente o exemplo de Cristo, o grande Pastor, ao trabalhar com Seu pequeno grupo de discípulos, estudando com eles e com o povo em geral as Escrituras do Antigo Testamento. Seu ministério ativo consistia não somente em sermonear, mas em instruir o povo. Ao passar pelas aldeias, mantinha contato pessoal com as pessoas em suas casas, ensinando-as e atendendo-lhes as necessidades. Ao aumentarem as multidões que O seguiam, quando chegava a um local apropriado falava-lhes, simplificando Seus discursos com o emprego de parábolas e símbolos. -- Carta 192, 1906. Ev 203 2 Devem ser usados quadros -- Dedicastes muito estudo ao assunto de como tornar interessante a verdade, e os quadros que fizestes estão em perfeita conformidade com o trabalho que precisa ser feito. Esses quadros são, para as pessoas, lições objetivas. Pusestes vigor de pensamento na obra de produzir estas notáveis ilustrações. E elas exercem efeito notável ao serem apresentadas ao público em reivindicação da verdade. Usa-as o Senhor para impressionar as mentes. Fui instruída clara e nitidamente quanto a deverem usar-se quadros na apresentação da verdade. E essas ilustrações devem tornar-se ainda mais impressivas por meio das palavras que mostram a importância da obediência. -- Carta 51, 1902. Ev 203 3 As profecias ensinadas por meio de quadros simples, econômicos -- O uso de quadros é muitíssimo eficaz para explicar as profecias referentes ao passado, presente e futuro. Devemos, porém, tornar o nosso trabalho tão simples e econômico quanto possível. Deve a verdade ser explicada com simplicidade. Em caso nenhum devemos seguir o exemplo de exibicionismo demonstrado pelo mundo. -- Manuscrito 42, 1905. Ev 204 1 O uso eficaz de recursos apropriados -- O Pastor S está agora dirigindo uma série de conferências em Oakland. ... Armou ele sua tenda em local central e conseguiu bom auditório, melhor do que esperávamos. Ev 204 2 O irmão S é um evangelista inteligente. Fala com a simplicidade da criança. Nunca introduz nenhuma leviandade em seu sermão. Prega diretamente da Palavra, fazendo com que ela fale a todas as classes. Seus argumentos convincentes são as palavras do Antigo e do Novo Testamentos. Não busca palavras que meramente impressionem as pessoas com a sua erudição, mas esforça-se para deixar que a Palavra de Deus lhes fale diretamente com expressões claras e distintas. Para que alguém recuse aceitar a mensagem, tem que recusar a Palavra. Ev 204 3 O irmão S insiste especialmente nas profecias dos livros de Daniel e Apocalipse. Tem ele grandes figuras dos animais de que esses livros falam. Esses animais são feitos de papel machê e, por meio de mecanismo engenhoso, podem ser postos perante o auditório no momento preciso em que deles se necessita. Mantém, assim, a atenção do auditório, enquanto lhes prega a verdade. Por meio dessas conferências centenas de pessoas serão orientadas para melhor compreensão da Bíblia do que a que já possuíam, e acreditamos que haverá muitas conversões. -- Carta 326, 1906. Ev 204 4 Princípio pedagógico correto -- Os trabalhos do irmão S fazem-me relembrar os efetuados em 1842 a 1844. Ele usa a Bíblia e somente a Bíblia, para provar a veracidade dos seus argumentos. Apresenta um simples "Assim diz o Senhor". A seguir, se alguém lhe contradiz as palavras, esclarece que não é com ele que devem argumentar. Ev 205 1 Possui ele figuras grandes com aspecto realístico dos animais e símbolos de Daniel e do Apocalipse, e estes são postos à frente no momento oportuno para ilustrar os seus comentários. Nenhuma palavra descuidosa nem desnecessária lhe escapa dos lábios. Ele fala com convicção e solenidade. Muitos de seus ouvintes nunca dantes ouviram sermões de natureza tão solene. Não manifestam espírito de leviandade, mas solene reverência parece pousar sobre eles. -- Carta 350, 1906. Ev 205 2 Os católicos são atraídos pelos símbolos -- O Pastor S está despertando bom interesse por suas reuniões. Pessoas de todas as classes vão escutá-lo e ver as imagens de tamanho natural que possui dos animais do Apocalipse. Muitos católicos vão escutá-lo. -- Carta 352, 1906. Ev 205 3 Métodos a serem usados na terminação da obra -- Agrada-me a maneira em que nosso irmão [o Pastor S] tem usado a sua habilidade e tato para proporcionar ilustrações apropriadas dos temas apresentados: figuras que possuem poder convincente. Tais métodos serão usados mais e mais neste trabalho de finalização. -- Manuscrito 105, 1906. Ev 205 4 Estudem os jovens a maneira de apresentar a verdade simbólica -- Tem o Senhor estado a dirigir o Pastor S, ensinando-o a transmitir às pessoas esta última mensagem de advertência. Seu método de fazer com que as palavras da Bíblia provem a verdade para este tempo, e seu uso dos símbolos apresentados no Apocalipse e em Daniel, são eficazes. Aprendam os jovens, como uma necessidade vital, o que é a verdade e como deve ser apresentada. Vivemos nos últimos dias do grande conflito; só a verdade nos manterá em segurança neste tempo de perplexidade. Deve ser facilitado ao Pastor S o ensejo de pregar a mensagem, e nossos jovens devem freqüentar as suas reuniões noturnas. -- Carta 349, 1906. Ev 206 1 Devem os obreiros engendrar ilustrações -- Manifestem os que trabalham para Deus tato e talento, e engendrem recursos com que comunicar iluminação aos que estão perto e aos que estão longe. ... Perdeu-se tempo, oportunidades áureas não foram aproveitadas porque faltou aos homens visão clara e espiritual, e não foram suficientemente sábios para planejar e engendrar meios e maneiras de ocupar o campo com antecipação, antes que dele se apossasse o inimigo. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1896. Ev 206 2 Devem as ilustrações ensinar, e não entreter -- Mediante o uso de quadros, símbolos e figuras de várias espécies, pode o ministro fazer a verdade ressaltar com clareza e nitidez. É um auxílio e está em harmonia com a Palavra de Deus. Mas quando o obreiro encarece tanto as suas atividades que outros não podem obter do tesouro recurso suficiente para mantê-los no campo, não está ele trabalhando em harmonia com o plano divino. Ev 206 3 O trabalho nas grandes cidades tem que ser feito segundo o método de Cristo, não segundo o sistema de uma representação teatral. Não é uma representação teatral que glorifica a Deus, mas a apresentação da verdade no amor de Cristo. -- Testimonies for the Church 9:142 (1909). Histórias, anedotas, pilhérias e gracejos Ev 206 4 O embaixador de Cristo -- O ministro do Evangelho que é coobreiro de Deus, aprenderá diariamente na escola de Cristo. ... De seus lábios não sairá palavra alguma leviana, frívola; pois não é ele embaixador de Cristo, portador de uma mensagem divina para as almas que perecem? Toda pilhéria e gracejo, toda leviandade e frivolidade, é dolorosa para o discípulo que carrega a cruz de Cristo. Ele é oprimido pela responsabilidade que sente pelas almas. Constantemente esvazia perante Deus o coração em busca do dom de Sua graça, para que possa ser mordomo fiel. Ora para ser mantido puro e santo, e depois recusa precipitar-se com descuido no terreno da tentação. Ev 207 1 Atende à ordem: "Como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." ... Mantendo-se próximo do seu Mestre, dEle recebe palavras para falar às pessoas. Elevando como Cristo eleva, amando como Cristo ama, trabalhando como Cristo trabalha, anda fazendo bem. Luta com todas as forças para o aprimoramento próprio, a fim de que, por preceito e exemplo, leve outros a uma vida mais pura, mais elevada e mais nobre. -- The Review and Herald, 21 de Janeiro de 1902. Ev 207 2 Deixar impressão solene -- Não devem os ministros pregar opiniões de homens, não devem contar anedotas nem encenar representações teatrais, nem exibir-se; mas, como se estivessem na presença de Deus e do Senhor Jesus Cristo, têm de pregar a Palavra. Não introduzam na obra do ministério leviandades, mas preguem a Palavra de maneira que deixe em quem os escute, a mais solene impressão. -- The Review and Herald, 28 de Setembro de 1897. Ev 207 3 Impressionar os estranhos com o cunho da verdade -- A vontade de Deus é que todas as partes de Seu culto sejam conduzidas de maneira ordenada, decorosa, o que impressionará os estranhos que estejam presentes, bem como os freqüentadores habituais, com o elevado e enobrecedor cunho da verdade e seu poder de purificar o coração. Ev 208 4 Em Sua providência Deus impressiona as pessoas para freqüentarem nossas reuniões de pavilhões e os cultos da igreja. Alguns aí vão por curiosidade, outros para criticar ou ridicularizar. Muitas vezes são eles convencidos do pecado. A palavra proferida com espírito de amor causa neles impressão duradoura. Com que cuidado, pois, devem ser dirigidas essas reuniões! As palavras proferidas devem sê-lo com autoridade, para que o Espírito Santo com elas impressione as mentes. O orador que é guiado pelo Espírito de Deus tem uma sagrada dignidade, e suas palavras são um cheiro de vida para vida. Não sejam introduzidas nos discursos ilustrações nem anedotas impróprias. Sejam para a edificação dos ouvintes as palavras proferidas. -- Carta 19, 1901. Ev 208 1 As ilustrações que Cristo usou -- Suas [de Cristo] mensagens de misericórdia variavam, a fim de ajustar-se ao Seu auditório. Sabia "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado"; pois nos lábios Lhe era derramada graça, a fim de que transmitisse aos homens, pela mais atrativa maneira, os tesouros da verdade. Possuía tato para Se aproximar do espírito mais cheio de preconceito, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. Ev 208 2 Por meio da imaginação, chegava-lhes à alma. Suas ilustrações eram tiradas das coisas da vida diária, e, conquanto simples, encerravam admirável profundeza de sentido. As aves do céu, os lírios do campo, a semente, o pastor e as ovelhas -- com essas coisas ilustrava Cristo a verdade imortal; e sempre, posteriormente, quando Seus ouvintes viam essas coisas da Natureza, elas Lhe evocavam as palavras. As ilustrações repetiam continuamente Suas lições. -- O Desejado de Todas as Nações, 254 (1898). Ev 208 3 Depreciando a mensagem -- Não devemos perder de vista a santidade peculiar desta missão de ajudar o povo por palavra e doutrina. A ocupação do ministro é proferir as palavras da verdade às pessoas, a verdade solene e sagrada. Alguns formam hábito de contar em seus discursos anedotas que têm a tendência de divertir e tirar da mente dos ouvintes o cunho sagrado da Palavra que manuseiam. Tais pessoas deveriam considerar que não estão dando ao povo a Palavra do Senhor. Demasiadas são as ilustrações que não exercem influência correta; elas apoucam a sagrada dignidade que sempre deve ser mantida na apresentação da Palavra de Deus ao público. -- The Review and Herald, 22 de Fevereiro de 1887. Ev 209 1 Forragem muito barata -- Há homens que ficam nos púlpitos como pastores, professando alimentar o rebanho, enquanto as ovelhas estão morrendo por falta do pão da vida. Há longos e arrastados discursos grandemente compostos de narrativas de anedotas; mas o coração dos ouvintes não é tocado. Pode ser que os sentimentos de alguns sejam tocados, podem derramar algumas lágrimas, mas seu coração não foi quebrantado. O Senhor Jesus tem estado presente ao apresentarem o que se chamava sermão, mas suas palavras eram destituídas do orvalho e chuva do Céu. Davam evidências de que os ungidos descritos por Zacarias (ver capítulo quatro) não lhes haviam ministrado para que pudessem ministrar aos outros. Quando os ungidos se esvaziam pelos canudos de ouro, o dourado óleo flui deles para os vasos de ouro, para manar para as lâmpadas, as igrejas. É esta a obra de todo fiel e dedicado servo do Deus vivo. O Senhor Deus do Céu não pode aprovar muito do que é trazido ao púlpito pelos que professam estar falando a Palavra do Senhor. Não inculcam idéias que sejam uma bênção para os que o ouvem. Alimento barato, muito barato é colocado diante do povo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 336, 337 (1896). Ev 209 2 Fogo estranho -- O objetivo de vossos esforços ministeriais não é divertir. Não é tão-somente apresentar informação nem meramente convencer o intelecto. A pregação da Palavra deve apelar para o intelecto e comunicar conhecimento, mas abrange muito mais do que isso. O coração do ministro deve alcançar o coração dos ouvintes. Alguns adotaram estilo de pregação que não exerce a devida influência. ... Ev 210 1 Ao misturar a apresentação de histórias fabulosas com seus discursos, está o ministro usando fogo estranho. ... Tendes, para enfrentar, homens de todas as espécies de intelecto, e ao tratardes da Palavra Sagrada, deveis manifestar fervor, respeito e reverência. Não se produza em mente alguma a impressão de que sois oradores vulgares e superficiais. Suprimi de vossos sermões os contos fabulosos. Pregai a Palavra. Se houvésseis constantemente pregado a Palavra, teríeis maior colheita para o Mestre. Pouca compreensão tendes da grande necessidade e anelo da alma. Alguns estão lutando com a dúvida, quase em desespero, quase sem esperança. ... Ev 210 2 Deus é ofendido quando Seus representantes se rebaixam ao uso de palavras triviais e frívolas. A causa da verdade é desonrada. Os homens julgam todo o ministério pela pessoa a quem escutam, e os inimigos da verdade tirarão o maior proveito de seus erros. -- Carta 61, 1896. Ev 210 3 Famintos do pão da vida -- Guardai as vossas histórias para vós mesmos. As pessoas não têm por elas fome espiritual, mas querem o pão da vida, a palavra viva que permanece para sempre. Que tem a palha com o trigo? -- Carta 61, 1896. Ev 210 4 O peso da convicção perdido por vulgaridades -- Depois de haver sido feito bom trabalho, as pessoas que foram despertas para o reconhecimento do pecado, devem ser ensinadas a apegarem-se ao braço do Senhor. Mas se as boas impressões causadas não são seguidas de esforços sinceros e ardentes, nenhum bem permanente é realizado. Poderia o resultado ser muito diferente, se um desejo de divertimento não desviasse a mente da contemplação de coisas sérias. ... Ev 211 1 Não deve o divertimento ser entretecido com a instrução das Escrituras. Ao ser feito isso, os ouvintes, divertidos com alguma vulgar tolice, perdem o peso da convicção. Passa a oportunidade, e ninguém é atraído pelas cordas de amor do Salvador. -- Manuscrito 83, 1901. Ev 211 2 Evitai as expressões vulgares e comuns -- As mensagens da verdade devem ser mantidas inteiramente isentas de palavras vulgares e comuns de expediente humano. Far-se-ão, assim, impressões convincentes nos corações. Não acalentem os nossos ministros a idéia de que devam apresentar alguma coisa nova e estranha, nem que as expressões vulgares e comuns lhes darão influência. Têm os ministros que ser porta-vozes de Deus, e devem eliminar de seus discursos toda expressão vulgar ou comum. Sejam eles cuidadosos de que, ao buscarem, em seu discurso, produzir riso, não desonrem a Deus. Ev 211 3 Nossa mensagem é solene e sagrada, e devemos vigiar em oração. As palavras pronunciadas devem ser de caráter tal que por meio delas Deus possa fazer impressão sobre o coração e o intelecto. Santifiquem-se pela verdade, os ministros do evangelho. -- Carta 356, 1906. Falsas provas e normas de feitura humana Ev 211 4 Ensinai as verdades fundamentais -- Os que querem trabalhar por palavra e doutrina, devem estar firmemente arraigados na verdade antes de serem autorizados a sair ao campo para ensinar outros. A verdade, pura e genuína, deve ser apresentada às pessoas. A mensagem do terceiro anjo é que apresenta a verdadeira prova para as pessoas. Satanás induzirá os homens a forjar falsas provas, e assim tratar de obscurecer o valor da mensagem da verdade, anulando-lhe os efeitos. Ev 212 1 O mandamento de Deus, que foi quase universalmente invalidado, é a probante verdade para este tempo. ... Tempo virá em que todos quantos adoram a Deus serão distinguidos por este sinal. Serão conhecidos como servos de Deus, por este sinal de fidelidade ao Céu. Mas todas as provas produzidas pelo homem distrairão a mente das grandes e importantes doutrinas que constituem a verdade presente. Ev 212 2 O desejo e plano de Satanás é introduzir entre nós as pessoas que vão a grandes extremos; pessoas de mente estreita, críticas e incisivas, e muito tenazes em sustentar seus próprios conceitos sobre o que é a verdade. Serão muito exigentes e buscarão impor deveres rigorosos, exagerando muitos assuntos de somenos importância, ao passo que descuidam matéria de mais peso da lei -- o juízo, a misericórdia e o amor de Deus. Pela obra de umas poucas pessoas dessa espécie, toda a comunidade dos observadores do sábado será taxada de intolerante, farisaica e fanática. Por causa desses obreiros considerar-se-á a obra da verdade indigna de atenção. Ev 212 3 Deus tem uma obra especial para os homens experimentados fazerem. Terão eles que proteger a causa de Deus. Têm que cuidar de que a obra de Deus não seja confiada a homens que creiam ter o privilégio de proceder segundo o seu próprio juízo independente, para pregar o que bem lhes aprouver, não ficando responsáveis perante ninguém pelas instruções que ministram nem pelo trabalho que realizam. Se este espírito de pretensão chegar a dominar em nosso meio, não haverá harmonia de ação, nem unidade de espírito, nem segurança para a obra, nem haverá crescimento salutar na causa. Haverá falsos mestres, maus obreiros que, insinuando o erro, afastarão da verdade as almas. Cristo orou para que Seus seguidores fossem um, como Ele era um com o Pai. Os que desejam ver atendida esta oração, devem tratar de desviar a mais leve tendência de desunião, e buscar manter entre os irmãos o espírito de união e amor. -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1888. Ev 213 1 Pequenas fábulas -- sem valor algum -- Não temos que apresentar o convite aos que aceitaram a verdade e a compreendem, àqueles a quem ela foi repetida tantas vezes que alguém pense que deva introduzir alguma coisa original. Introduz pequenas fábulas, que não têm valor algum. Apresenta-as como provas dadas por Deus, quando foi Satanás que as originou para desviar as mentes das verdadeiras provas dadas por Deus. -- General Conference Bulletin, 16 de Abril de 1901. Ev 213 2 Nova e estranha prova humana -- Ninguém deve desvirtuar a verdade com dar à Palavra construção forçada e mística. Com isso muitos estão em perigo de transformar em mentira a verdade divina. Há os que necessitam do toque do Espírito divino no coração. Então a mensagem para este tempo lhes será a preocupação. Eles não procurarão provas humanas, coisa nenhuma nova nem estranha. O sábado do quarto mandamento é a prova para este tempo, e tudo quanto se relaciona com este grande memorial deve ser mantido perante o público. -- Manuscrito 82, 1894. Ev 213 3 Libertamento das suposições humanas -- O trabalho de Deus é um grande trabalho. São necessários homens sábios, para manter os princípios bíblicos isentos de uma partícula de método humano. Cada obreiro está sendo provado. Paulo fala dos que trazem para o alicerce madeira, feno e palha. Isto representa os que apresentam como sendo verdade aquilo que não é a verdade, mas as suas próprias suposições e invenções. Se estas almas forem salvas, sê-lo-ão como pelo fogo, porque conscienciosamente pensaram que estivessem trabalhando em conformidade com a Palavra. Serão, apenas, como que tições tirados do fogo. Ev 214 1 O trabalho que poderia haver sido puro, elevado e nobre, foi misturado com sofismas introduzidos por homens. Assim, a beleza da verdade foi desfigurada. Nada é apresentado sem a contaminação do egoísmo. A mistura desses sofismas com a obra de Deus torna o que deveria ser apresentado clara e distintamente perante o mundo, uma mescla de princípios divergentes em sua aplicação prática. -- Carta 3, 1901. Ev 214 2 Pregar a palavra -- Tenho palavras para dirigir aos jovens que têm estado a ensinar a verdade. Pregai a Palavra. Podereis ter mente imaginativa. Podereis ser peritos como eram os instrutores judeus, no arranjo de novas teorias; mas Cristo deles disse: "Em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." Mateus 15:9. Apresentavam eles ao povo tradições, suposições e fábulas de toda sorte. As formas e cerimônias que impunham tornavam simplesmente impossível que o povo soubesse se estavam observando a Palavra de Deus ou seguindo as tradições dos homens. Ev 214 3 Satanás fica bem satisfeito quando pode assim confundir a mente. Não preguem os ministros as próprias suposições. Esquadrinhem diligentemente as Escrituras, com o reconhecimento solene de que, se ensinam como doutrina coisas que não se contêm na Palavra de Deus, serão como aqueles que estão descritos no último capítulo do Apocalipse. Ev 214 4 Os que são tentados a condescender com doutrinas excêntricas e imaginárias aprofundem-se bem na mina da verdade divina, e supram-se da riqueza que significa vida eterna para o seu possuidor. Precioso tesouro será adquirido pelos que diligentemente estudam a Palavra de Deus, pois anjos celestiais lhes dirigirão a pesquisa. -- Manuscrito 82, 1894. Ev 215 1 Quando os homens introduzem fios humanos -- Quando os homens começam a introduzir fios humanos para compor o modelo da tela, o Senhor não tem pressa. Espera Ele até que os homens larguem suas próprias invenções humanas e aceitem o método do Senhor e a vontade do Senhor. -- Carta 181, 1901. Ev 215 2 Fazer de um átomo um mundo -- Oh, quantos poderiam fazer trabalho magnífico com dedicação e abnegação, mas estão absortos com as trivialidades da vida! Estão cegos e não podem ver muito longe. Fazem de um átomo um mundo, e do mundo um átomo. Transformaram-se em águas rasas porque não repartem com outros a água da vida. -- Manuscrito 173, 1898. Ev 215 3 A mensagem é debilitada por homens unilaterais -- Havia talento precioso na igreja de _____, mas Deus não podia usar esses irmãos sem que se convertessem. Alguns havia que possuíam capacidade para ajudar na igreja, mas precisavam primeiramente pôr em ordem o próprio coração. Alguns haviam estado trazendo falsas provas, e transformado em critério único suas próprias idéias e noções, exagerando assuntos de pouca importância até torná-los em provas de discipulado cristão, e impondo cargas pesadas aos demais. Assim se introduziu um espírito de crítica, acusação e dissensão, que foi um grande prejuízo para a igreja. E deu-se aos crentes a impressão de que os adventistas observadores do sábado eram uma seita de fanáticos e extremistas, e que sua fé peculiar os tornava rudes, descorteses e de caráter realmente anticristão. Assim o procedimento de uns poucos extremistas impediu que a influência da verdade alcançasse o povo. Ev 215 4 Alguns estavam fazendo do vestuário assunto da máxima importância, criticando peças de roupas usadas por outros, e sempre prontos a condenar qualquer pessoa que não lhes seguisse exatamente as idéias. Uns poucos condenavam as figuras, insistindo em que são proibidas pelo segundo mandamento, e que tudo quanto é dessa espécie deve ser destruído. Ev 216 1 Esses homens unilaterais nada mais vêem além dessa coisa única que se lhes encasquetou na mente. Faz anos tivemos que enfrentar esse mesmo espírito e essa mesma obra. Surgiram homens que pretendiam haver sido enviados com uma mensagem de condenação das figuras, insistindo em que toda semelhança de qualquer coisa fosse destruída. Chegaram a extremos tais de condenar os relógios que tinham figuras ou "imagens". ... Ev 216 2 Umas poucas pessoas de _____ foram ao extremo de queimar todos os quadros de que eram possuidores e destruir até os retratos dos amigos. Embora não apoiássemos esses movimentos fanáticos, aconselhamos que os que haviam queimado seus quadros não incorressem no gasto de repô-los. Se houvessem agido de maneira conscienciosa, deveriam estar satisfeitos com deixar que as coisas ficassem como estavam. Não deviam, porém, exigir que outros procedessem como eles próprios haviam procedido. Não deviam procurar agir como consciência de seus irmãos e irmãs. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 211, 212 (1886). ------------------------Capítulo 8 -- Pregar as verdades características A proclamação do segundo advento Ev 217 1 Despertar as pessoas para a preparação -- Vivemos na terminação da história da Terra. ... Está-se cumprindo a profecia. Logo virá Cristo com poder e grande glória. Não temos tempo a perder. Ressoe a mensagem com ferventes palavras de advertência. Ev 217 2 Por toda parte devemos persuadir os homens a arrepender-se e fugir da ira vindoura. Têm eles almas para salvar ou perder. Não haja indiferença neste assunto. Chama o Senhor obreiros que estejam cheios de ardente e decidido propósito. Dizei às pessoas que instem a tempo e fora de tempo. Com as palavras da vida nos lábios, ide dizer a homens e mulheres que está às portas o fim de todas as coisas. Ev 217 3 Conservemos a alma no amor de Deus. O brado de advertência deve ser dado. A verdade não deve enlanguescer-nos nos lábios. Devemos despertar as pessoas para que façam preparação imediata, porque pouco imaginamos o que está perante nós. Minha convicção está tão forte quanto sempre esteve de que estamos vivendo no último remanescente de tempo. Apresente cada instrutor uma porta aberta perante todos quantos, arrependendo-se de seus pecados, queiram ir a Jesus. -- Carta 105, 1903. Ev 217 4 Proclamai-o em todas as terras -- Fui instruída para apresentar palavras de advertência aos nossos irmãos e irmãs que estão em perigo de perder de vista a obra especial para esse tempo. ... Em cada país devemos proclamar a segunda vinda de Cristo, na linguagem do revelador, que proclama: "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá." -- Testimonies for the Church 8:116 (1904). Ev 218 1 Chegou o tempo em que a mensagem da breve vinda de Cristo há de ressoar em todo o mundo. -- Testimonies for the Church 9:24 (1909). Ev 218 2 A mensagem "o Senhor vem" -- O Senhor vem. Erguei a cabeça e regozijai-vos. Oh! gostaríamos de pensar que os que escutam as boas novas, que proclamam o amor de Jesus, estivessem repletos de gozo inefável e glorioso. Esta é a boa, a alegre nova que deve eletrizar cada alma, que deve ser repetida em nossos lares, e proferida àqueles com quem nos encontramos nas ruas. Que nova mais jubilosa pode ser transmitida!... Ev 218 3 A voz do vigia fiel precisa ser ouvida agora ao longo de toda a fileira: "Vem a manhã, e também a noite." Deve a trombeta dar sonido certo, pois estamos no grande dia de preparação do Senhor. -- Carta 55, 1886. Ev 218 4 Não há tempo a perder -- Fazei ressoar um alarme. Dizei às pessoas que o dia do Senhor está perto, e apressa-se grandemente. Ninguém fique sem ser advertido. Poderíamos haver estado no lugar das pobres almas que jazem em erro. Em conformidade com a verdade que recebemos antes das outras pessoas, somos-lhes devedores de lha comunicar. Ev 218 5 Não temos tempo a perder. As potestades das trevas estão agindo com energia intensa e, com passos furtivos, Satanás está avançando para apanhar os que agora dormem, como o lobo apanha sua presa. Temos advertências para transmitir agora, um trabalho que agora podemos fazer, mas logo será mais difícil do que imaginamos. ... Ev 219 1 A vinda do Senhor está mais próxima do que quando aceitamos a fé. O grande conflito aproxima-se de seu fim. Toda notícia de calamidade em mar ou terra é um testemunho de que o fim de todas as coisas está próximo. Guerras e rumores de guerras declaram-no. Haverá um só cristão cuja pulsação não se acelere ao prever os acontecimentos que se iniciam perante nós? Ev 219 2 O Senhor vem. Ouvimos os passos de um Deus que Se aproxima, ao vir Ele punir o mundo por sua iniqüidade. Temos que preparar-Lhe o caminho mediante o desempenho de nossa parte em preparar um povo para esse grande dia. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1914. Ev 219 3 O poder vital precisa acompanhar a mensagem -- O poder vital precisa acompanhar a mensagem do segundo aparecimento de Cristo. Não devemos descansar sem que vejamos muitas almas convertidas para a bendita esperança da volta do Senhor. No tempo dos apóstolos a mensagem que proclamavam realizou um trabalho genuíno, desviando almas dos ídolos para servirem ao Deus vivo. O trabalho a ser feito hoje é justamente tão real quanto o foi aquele, e a verdade, exatamente a mesma; apenas devemos proclamar a mensagem com tanto maior diligência quanto está mais próxima a vinda do Senhor. A mensagem para este tempo é positiva, simples, e da mais profunda importância. Precisamos agir como homens e mulheres que nela crêem. Esperar, vigiar, trabalhar, orar, advertir o mundo -- este é o nosso trabalho. Ev 219 4 Todo o Céu está em atividade, empenhado em preparar-se para o dia da vingança de Deus, o dia do libertamento de Sião. O tempo de tardança está quase findo. Os peregrinos e estrangeiros que há tanto tempo estiveram em busca de um país melhor já quase chegaram a sua casa. Sinto como se devesse gritar bem alto: Rumo ao lar! Rapidamente nos estamos aproximando do tempo em que Cristo virá ajuntar para Si os Seus remidos. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1913. Ev 220 1 Todos os sermões à luz da vinda de Cristo -- As verdades da profecia estão entrelaçadas e, ao estudarmo-las, formam elas um belo conjunto de verdades cristãs práticas. Todos os sermões que proferirmos devem revelar claramente que estamos esperando a vinda do Filho de Deus, e por ela trabalhando e orando. Sua vinda é a nossa esperança. Esta esperança deve estar vinculada com todas as nossas palavras e atos, com todos os nossos relacionamentos e amizades. -- Carta 150, 1902. Ev 220 2 A chave da história -- A compreensão da esperança da segunda vinda de Cristo é a chave que abre toda a história futura e explica todas as lições do futuro. -- Carta 218, 1906. Ev 220 3 O efeito da pregação do segundo advento -- A segunda vinda do Filho do homem deve ser o tema maravilhoso a ser mantido perante o público. Este assunto não deve ser omitido de nossos sermões. As realidades eternas devem ser conservadas em mente, e as atrações do mundo aparecerão tais como são, inteiramente inúteis como vaidades. Que haveremos de fazer com as vaidades do mundo, seus louvores, suas riquezas, suas honras e seus prazeres? Ev 220 4 Somos peregrinos e estrangeiros que aguardamos a bem-aventurada esperança, o glorioso aparecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e por ele ansiamos e oramos. Se cremos isto e o introduzimos em nossa vida prática, que ação vigorosa não inspirará essa fé e esperança; que fervente amor mútuo; que vida esmerada e santa para a glória de Deus; e no respeito que manifestarmos pela recompensa do galardão, que fronteiras nítidas de demarcação serão comprovadas entre nós e o mundo! -- Manuscrito 39, 1893. Ev 220 5 Mantende-a perante o público -- A verdade de que Cristo vem deve ser mantida perante toda mente. -- Carta 131, 1900. Ev 221 1 Precaução contra expressões que estabeleçam datas -- Deus pôs sob o Seu domínio os tempos e as estações. E por que nos não concedeu Deus esse conhecimento? Porque se no-lo concedesse, não faríamos dele uso correto. Desse conhecimento resultaria um estado de coisas tal entre nosso povo que retardaria grandemente a obra de Deus na preparação de um povo que subsista no grande dia que está para vir. Não nos devemos absorver com especulações relativas aos tempos e estações que Deus não revelou. Jesus mandou que os discípulos "vigiassem", mas não por um tempo determinado. Seus seguidores devem estar na situação de quem espera as ordens do seu comandante; devem vigiar, esperar, orar e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do Senhor; mas ninguém poderá predizer justamente quando chegará esse tempo, porque "daquele dia e hora ninguém sabe". Não podereis dizer que Ele virá daqui a um ano, ou dois, ou cinco anos, nem deveis postergar a Sua vinda com declarar que não se dará antes de dez ou vinte anos. ... Não nos é dado saber o tempo definido, nem do derramamento do Espírito Santo, nem da vinda de Cristo. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1892. A verdade acerca do santuário Ev 221 2 O alicerce de nossa fé -- A compreensão correta do ministério do santuário celestial constitui o alicerce de nossa fé. -- Carta 208, 1906. Ev 221 3 O centro da obra expiatória de Cristo -- O assunto do santuário e do juízo investigativo deve ser claramente compreendido pelo povo de Deus. Todos necessitam para si mesmos de conhecimento sobre a posição e obra de seu grande Sumo Sacerdote. Aliás, ser-lhes-á impossível exercerem a fé que é essencial neste tempo, ou ocupar a posição que Deus lhes deseja confiar. Cada indivíduo tem uma alma a salvar ou a perder. Cada qual tem um caso pendente no tribunal de Deus. Cada um há de defrontar face a face o grande Juiz. Quão importante é, pois, que todos contemplem muitas vezes a cena solene em que o juízo se assentará e os livros se abrirão, e em que juntamente com Daniel, cada pessoa deve estar na sua sorte, no fim dos dias! Ev 222 1 Todos os que receberam luz sobre estes assuntos devem dar testemunho das grandes verdades que Deus lhes confiou. O santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens. Diz respeito a toda a alma que vive sobre a Terra. Patenteia-nos o plano da redenção, transportando-nos mesmo até o final do tempo, e revelando o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado. É da máxima importância que todos investiguem acuradamente estes assuntos, e possam dar resposta a qualquer que lhes peça a razão da esperança que neles há. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 488, 489 (1888). Ev 222 2 A chave para um completo sistema da verdade -- O assunto do santuário foi a chave que desvendou o mistério do desapontamento de 1844. Revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si e mostrando que a mão de Deus dirigira o grande movimento do advento e apontara novos deveres ao trazer a lume a posição e obra de Seu povo. -- Idem, 423 (1888). Ev 222 3 Os olhos fixos no santuário -- Como povo, devemos ser estudantes diligentes da profecia; não devemos sossegar sem que entendamos claramente o assunto do santuário, apresentado nas visões de Daniel e de João. Este assunto verte muita luz sobre nossa atitude e nossa obra atual, e dá-nos prova irrefutável de que Deus nos dirigiu em nossa experiência passada. Explica nosso desapontamento de 1844, mostrando-nos que o santuário a ser purificado não era a Terra, como supuséramos, mas que Cristo entrou então no lugar santíssimo do santuário celestial, e ali está realizando a obra final de Sua missão sacerdotal, em cumprimento das palavras do anjo, comunicadas ao profeta Daniel: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." Ev 223 1 Nossa fé no tocante às mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos era correta. Os grandes marcos pelos quais passamos são inamovíveis. Conquanto as hostes do inferno intentem derrubá-los de seu fundamento, e exultar ao pensamento de que tiveram êxito, não atingirão o seu objetivo. Estes pilares da verdade permanecem tão firmes quanto os montes eternos, impassíveis ante todos os esforços combinados dos homens e de Satanás e suas hostes. Muito podemos aprender, e devemos estar constantemente pesquisando as Escrituras para ver se estas coisas são assim. Deve o povo de Deus ter agora os olhos fixos no santuário celestial, onde se está processando a ministração final de nosso grande Sumo Sacerdote na obra do juízo -- e onde está intercedendo por Seu povo. -- The Review and Herald, 27 de Novembro de 1883. Ev 223 2 A verdade central de uma teologia simples -- Em cada escola instalada deve ser ensinada a mais simples teoria teológica. Nessa teoria, a expiação de Cristo deve ser a grande essência, a verdade central. O maravilhoso tema da redenção deve ser apresentado aos estudantes. -- Manuscrito 156, 1898. Ev 224 1 A seriedade da verdade do santuário -- Enquanto Cristo está purificando o santuário, devem os adoradores na Terra examinar cuidadosamente a própria vida, e comparar o caráter com a norma da justiça. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1890. Ev 224 2 A pregação da doutrina do santuário é confirmada pelo Espírito Santo -- Por mais de meio século, os diferentes pontos da verdade presente têm sido objetados e constituído matéria de oposição. Novas teorias que não eram a verdade foram apresentadas como verdades, e o Espírito de Deus revelou seu erro. À medida que os grandes pilares da fé foram apresentados, deles testificou o Espírito Santo, especialmente no tocante às verdades do santuário. Repetidamente o Espírito Santo corroborou de maneira assinalada a pregação desta doutrina. Hoje em dia, porém, tal como no passado, alguns serão induzidos a forjar novas teorias e a negar as verdades sobre que o Espírito de Deus colocou a Sua aprovação. -- Manuscrito 125, 1907. Ev 224 3 Teorias falsas quanto ao santuário -- Futuramente surgirão enganos de toda espécie, e carecemos de terreno sólido para nossos pés. Necessitamos de sólidos pilares para o edifício. Nem a mínima coisa deverá ser omitida de tudo quanto o Senhor instituiu. O inimigo introduzirá doutrinas falsas, tais como a de que não existe um santuário. Este é um dos pontos em que alguns se apartarão da fé. Onde acharemos segurança, senão nas verdades que o Senhor tem estado a dar-nos nos últimos cinqüenta anos? -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. Ev 224 4 Disputa sobre uma verdade distintiva -- Aproxima-se o tempo em que os poderes enganadores das forças satânicas serão fartamente desdobrados. De um lado está Cristo, a quem foi dado todo o poder no Céu e na Terra. Do outro, está Satanás, exercendo continuamente seu poder de seduzir, de enganar com fortes sofismas espiritualistas, de tirar a Deus do lugar que deve ocupar na mente dos homens. Ev 225 1 Satanás está lutando continuamente para sugerir suposições fantasiosas no tocante ao santuário, aviltando as maravilhosas exposições de Deus e do ministério de Cristo para a nossa salvação, a qualquer coisa que se ajuste à mente carnal. Tira do coração dos crentes o poder que ali domina e substitui-o por teorias fantasiosas, inventadas para anular as verdades da expiação e para destruir-nos a confiança nas doutrinas que consideramos sagradas desde que pela primeira vez foi dada a tríplice mensagem. Pretende, assim, despojar-nos da fé na própria mensagem que nos converteu num povo separado e que conferiu à nossa obra a sua dignidade e poder. -- Special Testimonies, Série B, 7:17 (1905). A apresentação da lei e do Sábado Ev 225 2 Nossa mensagem especial -- O Senhor tem uma mensagem especial que Seus embaixadores devem apresentar. Devem eles transmitir ao público a advertência que os convida para reparar a brecha feita pelo papado na lei de Deus. O sábado foi transformado em coisa sem importância, em requisito dispensável, que a autoridade humana pode anular. O santo dia do Senhor foi convertido em dia útil comum. Os homens derrubaram o memorial divino, colocando em seu lugar um falso dia de repouso. -- Manuscrito 35, 1900. Ev 225 3 A última mensagem para o mundo -- A última mensagem de advertência ao mundo tem de levar homens a ver a importância que o Senhor dá à Sua lei. Tão claramente deve a mensagem ser apresentada, que nenhum transgressor, ouvindo-a, seja desculpável por deixar de discernir a importância de obedecer aos mandamentos de Deus. Ev 226 1 Fui instruída a dizer: Reuni das Escrituras as provas de que Deus santificou o sétimo dia, e leiam-se essas provas perante a congregação. Mostre-se aos que não têm ouvido a verdade, que todos quantos se desviam de um claro "Assim diz o Senhor", têm de sofrer os resultados de seu procedimento. Em todos os séculos o sábado tem sido a prova de lealdade a Deus. "Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre", declara o Senhor. -- Obreiros Evangélicos, 148, 149 (1915). Ev 226 2 O assunto decisivo para todo o mundo -- A compreensão concernente aos reclamos obrigatórios da lei de Deus deve ser apresentada em toda parte. Este assunto há de ser decisivo. Ele experimentará e submeterá à prova o mundo. -- Special Testimonies, Série A, 7:17, 18 (1874). Ev 226 3 O estabelecimento da obra em campos novos -- Tive que interromper a tarefa de escrever para ter uma entrevista com o irmão _____. Ele está com certa perplexidade. ... Queria ele saber como apresentar a verdade ao penetrar em campos novos, e se o sábado deveria ser apresentado em primeiro lugar. Ev 226 4 Eu lhe disse que o plano melhor e mais sábio seria apresentar temas que despertem a consciência. Poderia ele falar ao público acerca da piedade prática; da devoção e piedade, e apresentar a vida de desprendimento e abnegação de Jesus como nosso exemplo, até que vissem o contraste com a própria vida comodista deles, e chegassem a sentir-se insatisfeitos com a sua vida não-cristã. Ev 226 5 Apresentem-se-lhes, então, as profecias; mostrem-se-lhes a pureza e os reclamos obrigatórios da Palavra de Deus. Nem um jota nem um til dessa lei haverá de perder a sua força, mas manterá os seus reclamos obrigatórios para cada alma até ao fim do tempo. Ao ser anulada a lei de Deus; quando o mundo cristão se unir aos católicos e mundanos para anular os mandamentos de Deus, então o Seu povo escolhido aparece para defender a lei de Jeová. Ev 227 1 Foi este o "dolo" que Paulo usou; essa é a prudência da serpente e a simplicidade da pomba. Ao chegarmos a uma comunidade que está informada de nossa crença, não é preciso seguir este procedimento precavido, mas em todos os casos devem ser feitos esforços especiais para aproximar-se dos corações por meio de esforços pessoais. Evitai desprezar as igrejas; não permitais que as pessoas tenham a idéia de que vossa obra é destruir, mas construir, e apresentar a verdade tal como é em Jesus. Insisti muito na necessidade da piedade vital. -- Carta 2, 1885. Ev 227 2 Tornar público o Sábado em novos campos -- A mensagem da verdade é nova e surpreendente para os habitantes deste país [Austrália]. As doutrinas bíblicas apresentadas são como que uma nova revelação, e eles realmente consideram infidelidade os conceitos expostos. Na apresentação do assunto do domingo, ou da união da Igreja e do Estado, tratai-o com cuidado. Não solucionará o problema a apresentação de atitudes firmes que tem sido necessário apresentar, e sê-lo-á, na América. Ev 227 3 Estes assuntos precisam ser divulgados com prudência. Ainda não conseguimos firmar pé neste país. O inimigo de toda a justiça tem estado, e ainda está atuando por meio de todo artifício que pode inventar, para entravar a obra que deve ser feita para esclarecer e instruir o público; suas forças estão aumentando. As demoras têm concedido a Satanás a vantagem da situação, e essas demoras têm causado a perda de muitas almas. O Senhor não Se agrada do atraso da obra. Toda demora torna mais difícil o trabalho que precisa ser feito, porque é concedida vantagem a Satanás para ocupar de antemão o campo, e prepará-lo para resistência obstinada. Ev 228 1 As atividades morosas de nosso povo para elevar as normas em nossas cidades grandes não estão em harmonia com a luz concedida por Deus. Uma luz bruxuleante tem estado a cintilar nas cidades, mas apenas suficiente para fazer com que os falsos pastores reconheçam que é tempo de eles estarem ativos no trabalho de apresentar fábulas e falsidades para desviar o público da mensagem da verdade. Um pequeno esforço foi feito, mas nem homens nem dinheiro são fornecidos para fazer-se o trabalho. Satanás tem agido e agirá com seus prodígios de mentira, e grandes enganos serão aceitos onde o estandarte da verdade deveria haver sido erguido. Ora, a circunstância de o povo de Deus, que conhece a verdade, haver deixado de cumprir o seu dever em conformidade com o esclarecimento fornecido na Palavra de Deus, torna necessário que sejamos mais prudentes, para que não melindremos os descrentes antes de eles haverem ouvido as razões de nossa crença quanto ao sábado e ao domingo. ... Ev 228 2 Há necessidade agora de dar ao público instrução paciente e afável. A educação de uma vida inteira não é facilmente neutralizada; de grande tato e paciente esforço necessitam os que têm que apresentar a verdade em muitas maneiras. -- Manuscrito 95, 1894. Ev 228 3 Retardai sua apresentação -- Não deveis pensar que tendes o dever de introduzir argumentos sobre o assunto do sábado ao encontrar-vos com as pessoas. Se as pessoas mencionam o assunto, dizei-lhes que não é esse o vosso encargo presente. Mas ao entregarem a Deus o coração, a mente e a vontade, então estão sinceramente preparados para julgar as provas relacionadas com estas verdades solenes e probantes. -- Carta 77, 1895. Ev 228 4 Precaução contra demora indevida -- A precaução é necessária; mas enquanto alguns obreiros são cautelosos e avançam lentamente, se não estão com eles ligadas no seu trabalho pessoas que vejam a necessidade de serem empreendedoras, muito se perderá; passarão as oportunidades, e não será discernida a providência divina que prepara o caminho. Ev 229 1 Quando as pessoas que estão convencidas não são levadas a tomar decisão na primeira oportunidade possível, há perigo de que a convicção gradualmente desapareça. ... Ev 229 2 Freqüentemente, quando uma congregação se encontra precisamente no ponto em que o coração está preparado para o assunto do sábado, este tema é adiado pelo temor das conseqüências. Isto tem sido feito, e o resultado não tem sido bom. -- Carta 31, 1892. Ev 229 3 Numa campanha curta -- Ao terdes perante vós uma congregação por apenas duas semanas, não adieis a apresentação do assunto do sábado até que tudo mais haja sido apresentado, na suposição de que assim preparais o caminho para ele. Elevai a norma, os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus. Fazei disto o tema importante. A seguir, por meio de fortes argumentos, dai-lhe força ainda maior. Prolongai-vos mais no Apocalipse. Lede, explicai e reforçai o seu ensino. Ev 229 4 Nossa campanha é de intrépida iniciativa. Desfechos tremendos estão perante nós; e mesmo iminentes. Ascendam a Deus as nossas orações para que os quatro anjos ainda retenham os quatro ventos, a fim de que não soprem para danificar nem destruir sem que a última advertência haja sido feita ao mundo. Trabalhemos, então, em harmonia com as nossas orações. Que nada reduza a força da verdade para esse tempo. Deve a verdade presente ser o nosso encargo. Deve a mensagem do terceiro anjo realizar a sua obra de separar das igrejas um povo que se decidirá em prol dos princípios da verdade eterna. -- Testimonies for the Church 6:61 (1900). Ev 230 1 Mensagem de vida e morte -- Como povo achamo-nos em perigo de proclamar a mensagem do terceiro anjo de maneira tão imprecisa que não impressione as pessoas. ... Nossa mensagem é de vida e morte, e devemos permitir que apareça tal como é: o grande poder de Deus. O Senhor, então, fá-la-á eficaz. Temos que apresentá-la com toda a sua poderosa força. -- Carta 209, 1899. Ev 230 2 A mensagem não deve ser dissimulada -- Satanás ideou um estado de coisas por cujo meio a proclamação da terceira mensagem angélica será detida. Devemos acautelar-nos de seus planos e métodos. Não deve haver abrandamento da verdade nem dissimulação da mensagem para este tempo. A mensagem do terceiro anjo deve ser fortalecida e confirmada. O capítulo dezoito do Apocalipse revela a importância de apresentar a verdade, não de maneira acanhada, mas com ousadia e autoridade. ... Têm havido demasiados rodeios na proclamação da terceira mensagem angélica. Não tem a mensagem sido proclamada com a clareza e nitidez com que deveria tê-lo sido. -- Manuscrito 16, 1900. Ev 230 3 Como apresentou Cristo a lei -- Cristo apresentou os princípios da lei de Deus de maneira direta, convincente, mostrando aos Seus ouvintes que haviam negligenciado o cumprimento desses princípios. Suas palavras eram tão claras e precisas que os ouvintes não acharam oportunidade para zombar nem opor objeções. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1906. Ev 230 4 Paulo adaptou seus métodos -- Aos gentios, ele [Paulo] pregou a Cristo como sua única esperança de salvação, mas não teve, a princípio, coisa alguma definida que dizer quanto à lei. Mas depois que o coração deles foi alegrado com a apresentação de Cristo como o dom de Deus ao nosso mundo, e com o que estava incluso na obra do Redentor ao fazer o sacrifício de alto preço para manifestar o amor de Deus ao homem, mostrou com a mais eloqüente simplicidade esse amor a toda a humanidade -- tanto judeus quanto gentios -- para que fossem salvos por meio da entrega do coração a Ele. Assim, quando, enternecidos e subjugados, se entregaram ao Senhor, ele apresentou a lei de Deus como prova de sua obediência. Era esta a maneira de ele agir -- adaptava seus métodos para ganhar almas. -- Special Testimonies, Série A, 6:55 (1895). Ev 231 1 Primeiramente os princípios fundamentais -- Não salienteis os aspectos da mensagem que são uma condenação dos costumes e práticas das pessoas sem que elas tenham a oportunidade de saber que cremos em Cristo, que cremos em Sua divindade e em Sua preexistência. Insisti no testemunho do Redentor do mundo. -- Testimonies for the Church 6:58 (1900). Ev 231 2 Pregamos o evangelho -- Fazei com que os estranhos percebam que pregamos tanto o evangelho quanto a lei, e deleitar-se-ão com estas verdades, e muitos se decidirão em prol da verdade. -- Carta 1, 1889. Ev 231 3 Convencerá do pecado -- A lei e o evangelho, revelados na Palavra, devem ser pregados ao povo; pois a lei e o evangelho combinados, convencerão do pecado. A lei de Deus, conquanto condene o pecado, aponta o evangelho, revelando a Jesus Cristo, em quem "habita corporalmente toda a plenitude da divindade". O esplendor do evangelho reflete sua luz sobre a era judaica, dando sentido a toda a dispensação judaica de tipos e sombras. Assim, tanto a lei quanto o evangelho, estão amalgamados. Em nenhum sermão devem eles ser divorciados. -- Manuscrito 21, 1891. Ev 231 4 Os religiosos em geral divorciaram a lei do evangelho, ao passo que nós, por outra parte, quase fizemos o mesmo de outro ponto de vista. Não expusemos às pessoas a justiça de Cristo nem a ampla significação de Seu grande plano de redenção. Deixamos de lado a Cristo e a Seu amor incomparável, e introduzimos as teorias e raciocínios, e pregamos argumentos. -- Manuscrito 24, 1890. Ev 232 1 De mãos dadas -- Se queremos ter o espírito da terceira mensagem angélica, temos de apresentar a lei e o evangelho juntos, pois eles andam de mãos dadas. -- Obreiros Evangélicos, 161 (1915). Ev 232 2 Reforçar a mensagem com literatura -- Os dias em que vivemos são tempos que exigem constante vigilância, tempos em que o povo de Deus deve avivar-se para fazer um grande trabalho na apresentação do esclarecimento sobre o assunto do sábado. ... Esta última advertência aos habitantes da Terra deve fazer com que os homens vejam a importância que Deus atribui à Sua santa lei. Com tal clareza deve a verdade ser apresentada que, ao ouvi-la, transgressor nenhum deixe de discernir a importância da obediência ao mandamento do sábado. ... Ev 232 3 Há trabalho para todos fazerem a fim de que as verdades simples da Palavra de Deus se tornem conhecidas. As palavras das Escrituras devem ser impressas e publicadas literalmente. Bom seria que o décimo nono e a maior porção do vigésimo capítulos de Êxodo, bem como os versículos doze a dezoito do capítulo trigésimo primeiro fossem impressos tais como são. Ajuntai essas verdades em pequenos livros e folhetos, e deixai que a Palavra de Deus fale às pessoas. Quando é pregado um sermão bem apropriado sobre a lei, imprimi-o num folheto, se tiverdes os recursos para fazê-lo. Depois, quando vos encontrardes com os que advogam as leis dominicais, ponde-lhes nas mãos esses folhetos. Dizei-lhes que não tendes o que discutir quanto ao assunto do domingo, pois tendes um claro "Assim diz o Senhor" para a observância do sétimo dia. -- The Review and Herald, 26 de Março de 1908. Ev 233 1 Tornai manifesto o sinal distintivo -- Temos que dar ao mundo uma demonstração dos princípios puros, nobres e santos que devem distinguir o povo de Deus do do mundo. Em vez de o povo de Deus chegar a distinguir-se cada vez menos definidamente dos que não guardam o sábado do sétimo dia, devem eles tornar a observância do sábado tão manifesta que o mundo não possa deixar de reconhecer que são adventistas do sétimo dia. -- Manuscrito 162, 1903. Ev 233 2 Chamados para expor o homem do pecado -- No próprio tempo em que vivemos, o Senhor chamou Seu povo e encarregou-o de proclamar uma mensagem. Chamou-o para expor a maldade do homem do pecado que fez da lei dominical um poder distintivo, que tem cuidado em mudar os tempos e a lei e em oprimir o povo de Deus que permanece firme para honrá-Lo pela observância do único sábado verdadeiro, o sábado da criação, como sendo santo ao Senhor. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 118 (1903). Ev 233 3 Um povo diferente com uma mensagem probante -- Aprouve ao Senhor dar a Seu povo a mensagem do terceiro anjo como uma mensagem probante para ser apresentada ao mundo. João contempla um povo diferente e separado do mundo, que se recusa a adorar a besta ou a sua imagem, que tem sobre si o sinal de Deus, que santifica o Seu sábado -- o sétimo dia que deve ser santificado como um memorial do Deus vivo, Criador do Céu e da Terra. Deles escreve o apóstolo: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." -- Carta 98, 1900. Ev 233 4 O sinal da besta -- Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem. Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma -- "o sinal da besta". E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber "o sinal da besta". -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 449 (1888). Ev 234 1 O futuro recebimento do sinal da besta -- A mudança do sábado é um sinal ou marca da autoridade da Igreja Romana. Os que, compreendendo os reclamos do quarto mandamento, preferem observar o falso dia de repouso em lugar do verdadeiro, estão com isso prestando homenagem à única autoridade que o ordena. O sinal da besta é o dia de repouso papal, aceito pelo mundo em substituição ao dia designado por Deus. Ev 234 2 Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. Ainda não chegou o tempo de prova. Há cristãos verdadeiros em todas as igrejas, inclusive na comunidade católico-romana. Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação nem se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o sábado espúrio, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta. Ev 235 1 A passos rápidos aproximamo-nos desse período. Quando as igrejas protestantes se unirem com o poder secular para amparar uma religião falsa, à qual se opuseram os seus antepassados, sofrendo com isso a mais terrível perseguição, então o dia de repouso papal será tornado obrigatório pela autoridade combinada da Igreja e do Estado. Haverá uma apostasia nacional que só terminará em ruína nacional. -- Manuscrito 51, 1899. Ev 235 2 Quando o selo de Deus é recusado -- Se a iluminação da verdade vos foi apresentada, revelando o sábado do quarto mandamento, e mostrando que não há na Palavra de Deus fundamento para a observância do domingo, e não obstante vos aferrais ao falso dia de repouso, recusando santificar o sábado a que Deus chama "Meu santo dia", recebeis o sinal da besta. Quando ocorre isso? Ao obedecerdes ao decreto que vos ordena deixar de trabalhar no domingo e adorar a Deus, conquanto saibais que não existe na Bíblia uma única palavra que mostre não passar o domingo de um dia comum de trabalho, consentis em receber o sinal da besta, e rejeitais o selo de Deus. -- The Review and Herald, 13 de Julho de 1897. Ev 235 3 Como resultado do menosprezo da luz -- Deus concedeu aos homens o sábado como sinal entre Ele e eles, como uma prova da fidelidade deles. Os que, na grande crise que está perante nós, depois de receberem iluminação no tocante à lei de Deus, prosseguirem desobedecendo e exaltando as leis humanas acima da de Deus, receberão o sinal da besta. -- Carta 98, 1900. Ev 235 4 Prudência na apresentação do assunto do domingo -- Não devemos provocar os que aceitaram esse dia espúrio de repouso, que é instituição do papado, em substituição ao santo sábado de Deus. Por não terem argumentos bíblicos em seu favor, tornam-se mais irados e decididos a pôr em lugar dos argumentos que lhes faltam na Palavra de Deus, a força do seu poderio. O vigor da perseguição acompanha os passos do dragão. Portanto, grande cuidado deve ser exercido para não produzir provocação alguma. -- Carta 55, 1886. Ev 236 1 Deixai que a verdade faça o talho -- Os esforços de Satanás contra os vindicadores da verdade tornar-se-ão mais pungentes e resolutos até ao fim do tempo. Assim como no tempo de Cristo os principais e sacerdotes acirraram contra Ele o povo, também hoje os líderes religiosos excitarão rancor e preconceito contra a verdade para este tempo. O público será levado a cometer atos de violência e oposição em que nunca haveriam pensado se não fossem saturados da animosidade dos professos cristãos contra a verdade. Ev 236 2 E que conduta adotarão os vindicadores da verdade? Possuem eles a imutável, eterna Palavra de Deus, e devem demonstrar que possuem a verdade tal como é em Jesus. Suas palavras não devem ser nem ásperas nem rudes. Na apresentação da verdade devem eles manifestar o amor, a mansidão e a brandura de Cristo. Deixai que a verdade faça o talho; a Palavra de Deus é qual espada afiada de dois gumes e cortará até atingir o coração. Os que sabem que possuem a verdade não devem, pelo uso de expressões desgraciosas e ásperas, conceder a Satanás uma única oportunidade de lhes desvirtuar a intenção. -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1902. Ev 236 3 Um convite para esclarecer as multidões -- Foi-me mostrado que Satanás nos está furtivamente tomando a dianteira. A lei de Deus, pela intervenção de Satanás, será invalidada. Em nossa terra [Estados Unidos] de alardeada liberdade, a liberdade religiosa terá o seu fim. A luta será decidida no que toca ao assunto do sábado, e agitará o mundo inteiro. Ev 237 1 Curto é o nosso tempo para trabalhar, e Deus nos chama, como ministros e povo, para sermos expeditos. Instrutores tão sábios quanto as serpentes e tão prudentes quanto as pombas precisam acorrer em auxílio do Senhor, em auxílio do Senhor contra os poderosos. Muitos há que não compreendem as profecias relativas a estes dias, e precisam ser esclarecidos. -- Carta 1, 1875. Como enfrentar os problemas da observância do Sábado Ev 237 2 Não há motivo de ansiedade nem temor -- Amiúde, ao apresentarem nossos obreiros ao povo a verdade probante do sábado, alguns vacilam por temor de atraírem sobre si próprios e suas famílias pobreza e dificuldades. Dizem eles: Sim, percebo o que tratais de mostrar-me, quanto à observância do repouso do sétimo dia; mas temo que se guardar o sábado perderei o meu emprego e não poderei sustentar minha família. E assim, muitos conservam sua ocupação mundana e desobedecem à ordem de Deus. Estes versículos [Lucas 12:1-7], porém, nos ensinam que o Senhor conhece todas as nossas circunstâncias, compreende os nossos transtornos; e cuida de todos quantos persistem em seguir ao Senhor. Nunca permitirá que Seus filhos sejam tentados além do que podem suportar. Ev 237 3 Aos Seus discípulos, Cristo declarou: "Não estejais apreensivos pela vossa vida, sobre o que comereis, nem pelo corpo, sobre o que vestireis. Mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que o vestido. Considerai os corvos, que nem semeiam, nem segam, nem têm despensa nem celeiro, e Deus os alimenta: quanto mais valeis vós do que as aves? E qual de vós, sendo solícito, pode acrescentar um côvado à sua estatura? Pois, se nem ainda podeis as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?" Ev 238 1 Apresentando-lhes o lírio do campo com sua formosura e pureza, prosseguiu o Salvador: "Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. E, se Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Ev 238 2 "Não pergunteis, pois, que haveis de comer, ou que haveis de beber, e não andeis inquietos. Porque as gentes do mundo buscam todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que haveis mister delas. Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Ev 238 3 Cristo está a ensinar aí uma preciosa lição quanto ao Seu serviço. Aconteça o que vos acontecer, diz Ele: servi a Deus. Quaisquer que sejam os contratempos e as dificuldades com que vos defrontardes, confiai no Senhor. Se tomamos decisão em prol da verdade, não temos motivos para afligir-nos nem temer que nós e nossa família soframos. O fazê-lo equivale a manifestar descrença em Deus. "Vosso Pai sabe que haveis mister delas", diz o Salvador. Se estudássemos com mais fidelidade a Palavra, nossa fé aumentaria. -- Manuscrito 83, 1909. Ev 238 4 É tempo de estender uma mão auxiliadora -- Este tempo é importante para as localidades em que se manifestou interesse. Grande número de pessoas ... está no vale da decisão. Oxalá o Senhor conceda aos Seus servos sabedoria para dirigir a essas almas palavras tais que os animem a professar a verdade e entregar a Deus sua vontade e a consagração integral do coração. Oramos ao Senhor para que inspire fé a essas almas que estão convencidas da verdade de que o sétimo dia é o sábado do Senhor, para que não consultem seus próprios sentimentos e o inimigo as induza a decidir que o sacrifício é grande demais. Ev 239 1 Sofrerão eles prejuízo nos interesses materiais e uma mão ajudadora não lhes deve faltar. Muitos perguntam: "Como podemos sustentar nossa família? Logo que decidirmos santificar o sétimo dia e não trabalhar no sábado, perderemos nosso emprego. E nossa família? Passará fome?" Que diremos? Há pobreza e necessidade em toda parte, e almas sinceras não sabem o que fazer. Temem aventurar-se; não obstante estão plenamente convencidas de que o sétimo dia é o sábado do Senhor. Sabem que Deus abençoou o sétimo dia e o separou para que o homem o observasse como memorial de Sua criação do mundo em seis dias e de Seu repouso no sétimo dia. Ev 239 2 Ao vermos as dificuldades erguerem-se quais montanhas perante sua alma, a perspectiva de privação para si próprios e os filhos encarando-os face a face, dói-nos o coração. Muitas pessoas dizem: "Eu quero guardar o sábado, mas logo que eu declare a meu patrão que decidi guardar o sábado, serei demitido." Centenas de pessoas estão a espera de ingressar em qualquer lugar que vague. Estou opressivamente perplexa. Tudo quanto podemos fazer é animá-las a ter fé, e por elas orar. Oh! às vezes eu gostaria de possuir um milhão de dólares. Eu usaria cada dólar nesta obra. ... Ev 239 3 Em resultado de união, acordo e cooperação com companheiros que são instrumentos de Satanás, muitas pessoas se tornam resolutos transgressores da lei de Deus. Deus lhes envia iluminação para abrir-lhes os olhos, mas recusam tomar a Palavra de Deus literalmente. Aceitam o erro, preferem as mentiras de Satanás a um "Assim diz o Senhor". E esses partidários do erro tornam muito difícil a obediência à verdade aos que a reconhecem. A vista humana nada mais pode ver além da fome para os que guardam o sábado. -- Manuscrito 19, 1894. Ev 240 1 Nunca produzirá fome -- Nunca precisa alguém temer que a guarda do verdadeiro sábado resulte em fome. Isaías 58:11, 12; Provérbios 7:2; Isaías 58:14. Estas promessas constituem resposta suficiente para todas as desculpas que o homem invente para recusar-se a guardar o sábado. Mesmo que, depois de haver-se iniciado na guarda da lei de Deus, pareça impossível sustentar a família, compreenda toda alma vacilante que Deus prometeu cuidar dos que obedecem aos Seus mandamentos. -- Manuscrito 116, 1902. Ev 240 2 São necessários homens de valor -- É necessário valor moral para adotar a decisão de obedecer aos mandamentos do Senhor. Um oponente da verdade disse certa vez que somente os imbecis, os néscios e ignorantes abandonariam a sua igreja para guardar o sétimo dia como dia de repouso. Mas um ministro que havia abraçado a verdade, respondeu: "Se o senhor julga que é só para os imbecis, experimente." É preciso valor moral, firmeza, decisão, perseverança e muita oração para ingressar nas fileiras da impopularidade. Somos gratos por podermos recorrer a Cristo, como, no templo, os pobres sofredores a Ele recorriam. ... Ev 240 3 Não ousastes calcar a pés os mandamentos de Deus e aceitastes a verdade impopular, fosse qual fosse o resultado. Abandonar-vos-á o Salvador, deixando-vos lutar sozinho? Não, nunca. Nunca, porém, disse Ele aos discípulos que não teriam provações, nenhuma renúncia que suportar, sacrifício nenhum que fazer. O Mestre era Homem de dores, e experimentado nos trabalhos. "Sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre; para que pela Sua pobreza enriquecêsseis." Agradecemos a Deus porque em vossa pobreza podeis chamar a Deus vosso Pai. Ev 240 4 A pobreza está atingindo este mundo, e haverá um tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação. Haverá guerras e rumores de guerras, e têm-se tornado macilentos todos os rostos. Podereis passar por situações angustiantes; talvez sofrais fome algumas vezes; mas Deus não vos esquecerá em vosso sofrimento. Ele vos provará a fé. Não devemos viver para deleite próprio. Aqui estamos para manifestar Cristo ao mundo, para apresentá-Lo e o Seu poder à humanidade. -- Manuscrito 37, 1894. Ev 241 1 Tempo de confiar na palavra de Deus -- No deserto, quando falharam todos os meios de subsistência, Deus enviou a Seu povo maná do Céu; e foi-lhe dada suficiente e constante provisão. Essa providência visava ensinar-lhes que, enquanto confiassem em Deus, e andassem em Seus caminhos, Ele os não abandonaria. O Salvador pôs agora em prática a lição que dera a Israel. Pela palavra de Deus, fora prestado socorro às hostes hebraicas, e pela palavra seria ele concedido a Jesus. Ele aguardava o tempo designado por Deus, para O socorrer. Achava-Se no deserto em obediência a Deus, e não obteria alimento por seguir as sugestões de Satanás. Em presença do expectante Universo, testificou Ele ser menor desgraça sofrer seja o que for, do que afastar-se de qualquer modo da vontade de Deus. Ev 241 2 "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Muitas vezes o seguidor de Cristo é colocado em situação em que não lhe é possível servir a Deus e continuar seus empreendimentos mundanos. Talvez pareça que a obediência a qualquer claro reclamo da parte de Deus o privará dos meios de subsistência. Satanás quer fazê-lo crer que deve sacrificar as convicções de sua consciência. Mas a única coisa no mundo em que podemos repousar é a Palavra de Deus. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mesmo nesta vida não nos é proveitoso, apartar-nos da vontade de nosso Pai do Céu. Quando aprendermos o poder de Sua palavra, não seguiremos as sugestões de Satanás para obter alimento ou salvar a vida. Nossa única preocupação será: Qual é o mandamento de Deus? Qual Sua promessa? Sabendo isso, obedeceremos ao primeiro, e confiaremos na segunda. -- O Desejado de Todas as Nações, 121 (1898). Ev 242 1 Um apelo a quem está no vale da decisão -- O inimigo tem-vos estado a dizer que espereis por oportunidade mais conveniente. Tem-se aproximado com seus artifícios, apresentando-vos as vantagens que teríeis se não guardásseis o sábado, e as desvantagens que resultariam de guardá-lo. Preparou essas diversas desculpas para induzir-vos a não tomar a decisão de obedecer à lei de Deus. Ele é enganador. Falsifica o caráter de Deus, e vós lhe aceitastes a tentação. Todas as vossas conjeturas demonstram vossa falta de confiança no Pai celestial. Ev 242 2 Pensastes que depois de haver alcançado certa prosperidade em vossos negócios, obedeceríeis ao sábado do quarto mandamento. Mas o Senhor reclama de cada um de Seus súditos obediência irrestrita. Foram-vos apresentados os reclamos divinos, e tendes imposto a Deus condições. E em todo o tempo Satanás tem agido para tornar cada vez mais impossível, à medida que considerais o assunto, a vossa decisão de guardar o sábado. Tendes-vos tornado cada vez menos suscetível ao toque do Espírito de Deus no coração. Deu-me o Senhor, para vós e para vossos filhos, a mensagem de cumprirdes o dever, há muito descuidado, de andar na luz como Ele na luz está. "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." "Faze isto", disse Cristo falando a um doutor da lei, "e viverás." Esta é a voz de Deus para vós e para vossos filhos. A lei de Deus é boa, e também justa e proveitosa para quantos a ela obedecem, e honrareis Àquele a quem obedecerdes. Ev 243 1 Ao ser a vossa mente posta em conformidade com a vontade de Deus, para obedecer aos Seus mandamentos, pensais que o Senhor não cuidará de vós e de vossos interesses temporais? Ficastes quase convencidos, mas não obedecestes. Pensastes que esperaríeis até que a situação se vos tornasse clara. Deixou o Senhor com todo ser humano a responsabilidade por sua maneira de agir. Devem os reclamos divinos ter a primazia em vossa cogitação. Vosso primeiro dever é a obediência a Deus. Deveis deixar todas as conseqüências sob Sua direção. Tendes vacilado por não reconhecer agora a forte persuasão que uma vez tivestes, e não vos quisestes submeter para obedecer. Não deveis esperar outra persuasão tão profunda. Tereis que obedecer a Deus e tomar vossa decisão em favor da verdade, quer o sintais, quer não. O que deveis fazer agora é agir resolutamente por princípio para tomardes as vossas decisões sem ter em conta as conseqüências. -- Carta 72, 1893. Ev 243 2 Vivei de acordo com todo raio de luz -- Vivei de acordo com todo raio de luz que recebestes. Vossos interesses eternos estão em jogo, e por isso digo: "Entesourai todo raio de luz." De joelhos pedi a Cristo que vos impressione o coração por Seu Espírito Santo, e não vos desvieis de Sua lei. -- Manuscrito 10, 1894. Ev 243 3 Melhor é perder o emprego que a Jesus -- Não penseis que se tomais decisão em favor da verdade bíblica, perdereis vosso emprego. Melhor vos será perder o emprego que perder a Jesus. Melhor vos será ser participantes da abnegação e renúncia do Senhor, que seguir a vossa própria orientação, buscando ajuntar para vós os tesouros desta vida. Não podeis levar nenhum deles para a sepultura. Saireis da tumba sem nada, mas se tendes a Jesus, tudo tereis. Ele é tudo o de que precisais para resistir à prova do dia de Deus, e não vos basta isso? -- Manuscrito 20, 1894. Ev 244 1 Uma resolução firme -- Poderão os homens incitar quanta combatividade queiram, mas os mandamentos de Deus ainda são os mandamentos de Deus. Decidimo-nos a guardar os mandamentos de Deus e viver, e [preservar] a Sua lei como a menina de nossos olhos. Escarneçam os homens da lei de Deus e espezinhem o povo que observa os Seus mandamentos. Poderão fazê-lo e viver? Isso é impossível. Deus tem a Sua medida do caráter, e os que obedecem Àquele que vive, e guardam a Sua lei como a menina de seus olhos, é que Ele preserva. -- Manuscrito 5, 1891. Ev 244 2 Oferecimento de cargos a novos observadores do Sábado -- Entre os que abraçaram a verdade em _____ no inverno passado, havia um jovem que abandonou a escola que freqüentava, a fim de guardar o sábado. Foi-lhe perguntado o que pretendia fazer para ganhar a própria subsistência. Respondeu ele: "Deus me concedeu força física, e trabalharei seja no que for, contanto que não quebre os Seus mandamentos." Algumas pessoas se mostraram desejosas de que lhe déssemos uma colocação em nosso serviço de impressão, mas alguém disse: "Não. Se ele mostrar que haverá de obedecer a Deus a qualquer custo, saberemos, então, que ele é justamente o homem de que precisamos neste serviço. Mas se não possui princípio suficiente para fazer isso, ele é exatamente o homem que não queremos." Ev 244 3 O Pastor _____ veio ter comigo, e perguntou-me se deveria animar o jovem com a esperança de que lhe seria dado emprego na instituição. Eu disse: "O Deus do Céu lhe apresentou o peso eterno de glória reservada para o vencedor, e, se como Moisés, ele manifestar o devido apreço pelo galardão, ficará resolutamente ao lado da verdade. Mas lhes faria mal e não bem, o apresentar-lhe qualquer sedução ou atração. Não obstante, tendes o dever de ajudá-lo a compreender que precisa agir pela fé, mas não o deixeis lutar sozinho essa batalha, pois Satanás o tentará, e vós precisais prestar-lhe todo o auxílio possível." -- Manuscrito 26, 1886. Ev 245 1 Ligações comerciais com violadores do Sábado -- Há necessidade de uma reforma do sábado entre nós, que professamos o santo dia de repouso. Algumas pessoas comentam os seus assuntos comerciais e fazem planos no sábado, e Deus considera isso como se estivessem empenhadas no próprio ato da transação comercial. Ev 245 2 Outras, bem informadas das provas bíblicas de que o sétimo dia é o sábado, fazem sociedade com homens que não reverenciam o santo dia de Deus. O observador do sábado não pode ter a seu serviço, pagos com seu dinheiro, homens para trabalhar no sábado. Se, por amor ao lucro, consente que o negócio em que tem interesses seja atendido no sábado pelo sócio incrédulo, é ele tão culpado quanto o incrédulo; e tem o dever de dissolver a sociedade, por mais que perca por assim proceder. Podem os homens pensar que não lhes é possível obedecer a Deus, mas o que não podem fazer é permitir-se desobedecer-Lhe. Os negligentes na observância do sábado sofrerão grande perda. -- The Review and Herald, 18 de Março de 1884. Ev 245 3 Uma espécie de ocupação para os observadores do Sábado -- Encontramos aqui a melhor espécie de pessoas por quem trabalhar. E para muitas delas não lhes seria difícil guardar o sábado. _____ é um lugar em que se faz muita criação de aves. Em quase cada moradia dos bairros da cidade faz-se criação de aves nos quintais. As casas não são construídas próximas mas separadas umas das outras, e em muitos casos circundadas de vários hectares de terra. Há criação de várias espécies de aves e os ovos encontram mercado fácil em _____ e _____, e são levados à cidade em barcos. Ev 246 1 Escrevo isto a fim de compreenderdes a situação. Na criação de aves muitas famílias encontram o seu meio de vida, e estes não podem apresentar a objeção, que muitos costumam fazer quanto à guarda do sábado -- de que lhes embaraçariam os negócios. Poderiam guardar o sábado sem o temor de perder o emprego. -- Carta 113, 1902. A pregação da não imortalidade Ev 246 2 Retardai a apresentação de aspectos que despertam reação -- Deve usar-se de grande sabedoria na apresentação de uma verdade que fere diretamente as opiniões e práticas do povo. O apóstolo Paulo costumava insistir nas profecias quando se encontrava com os judeus, para levá-los passo a passo, e então, depois de algum tempo, descerrar o assunto de Cristo como o verdadeiro Messias. Ev 246 3 Foi-me mostrado que nossos ministros expõem com rapidez demasiada os seus assuntos, e apresentam cedo demais em sua série de conferências, os aspectos que mais despertam reação. Existem verdades que não envolvem uma cruz tão pesada, para as quais deve ser chamada a atenção dia após dia e até semanas antes de o sábado e a imortalidade serem apresentados. Conquistareis dessa forma a confiança do público como pessoas que têm argumentos claros e convincentes, e eles vêem que entendeis as Escrituras. Ao ser adquirida a confiança do público, haverá tempo suficiente para introduzir publicamente os assuntos do sábado e da imortalidade. Ev 246 4 Mas os homens que não são prudentes apresentam cedo demais esses assuntos, e fecham, assim, os ouvidos das pessoas, ao passo que com maior cuidado e mais fé e aptidão e sabedoria, tê-las-iam levado passo a passo através dos importantes acontecimentos das profecias, e detendo-se em assuntos práticos referentes aos ensinos de Cristo. -- Carta 48, 1886. Ev 247 1 Um dos grandes enganos -- Toda espécie de engano está sendo agora introduzida. As verdades mais claras da Palavra de Deus são cobertas com uma multidão de teorias de feitura humana Erros mortais são apresentados como sendo verdade perante os quais todos devam curvar-se. A simplicidade da verdadeira piedade é sepultada debaixo da tradição. Ev 247 2 A doutrina da imortalidade natural da alma é um erro com que o inimigo está enganando o homem. Este erro é quase universal. ... Ev 247 3 Esta é uma das mentiras forjadas na sinagoga do inimigo, uma das bebidas envenenadas de Babilônia. "Todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante de seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas." -- The Review and Herald, 16 de Março de 1897. Ev 247 4 Acentuai a vida por meio de Jesus -- O problema da não imortalidade da alma também precisa ser tratado com grande cuidado, para que, ao ser introduzido o tema, não surja profunda e excitadora disputa que feche a porta para posterior investigação da verdade. Ev 247 5 Requer-se grande sabedoria para tratar com a mente humana, mesmo ao apresentar a razão da esperança que há em nós. Qual é a esperança de que temos de dar uma razão? A esperança da vida eterna por meio de Jesus Cristo. ... Detendes-vos demais sobre determinadas idéias e doutrinas, e o coração dos incrédulos não é abrandado. O tratar de impressioná-lo equivale a malhar em ferro frio. ... Ev 248 1 Necessitamos constantemente de sabedoria para saber quando falar e quando permanecer calados. Sempre, porém, há segurança perfeita no falar da esperança de vida eterna E quando o coração estiver abrandado e subjugado pelo amor de Jesus, será feita a pergunta: "Senhor, que é necessário que eu faça para me salvar?" -- Carta 12, 1890. Ev 248 2 Requer-se sabedoria para a apresentação de verdades probantes -- Em campos não experimentados, nosso crescimento tem sido, geralmente, lento por motivo do sábado do sétimo dia. Ergue-se uma cruz difícil diretamente no caminho de toda alma que aceita a verdade. Ev 248 3 Outras verdades há, tais como a não imortalidade da alma e a vinda pessoal de Cristo, nas nuvens do céu, à nossa Terra dentro em breve. Mas estas não despertam tanta reação quanto a do sábado. Algumas pessoas aceitarão conscienciosamente a verdade por amor à verdade, por ser verdade bíblica, e deleitam-se no caminho da obediência a todos os mandamentos de Deus. Estes aspectos controversos de nossa fé impedirão o caminho para muitas almas que não querem ser pessoas peculiares, distintas e separadas do mundo. Portanto, deve ser exercida grande sabedoria no assunto de como apresentar a verdade às pessoas. Há certos objetivos claramente definidos que precisam ser atingidos logo de início na atividade missionária. Se os planos e métodos houvessem tido cunho diferente, embora conseqüentemente exigissem maior emprego de meios, teria havido resultados muito melhores. -- Carta 14, 1887. Ev 248 4 Despi a armadura de combate -- Alguns ministros, ao terem perante si incrédulos que nutrem preconceito contra nossas crenças sobre a não imortalidade da alma, fora de Cristo, sentem-se provocados a fazer um sermão justamente sobre esse assunto. Os ouvintes não estão preparados para ouvir isso, e somente lhes aumenta o preconceito e incita a oposição. Assim, todas as boas impressões que poderiam haver sido feitas se o obreiro houvesse seguido procedimento sensato, ficam perdidas. Ficam os ouvintes arraigados em sua incredulidade. Corações poderiam ter sido conquistados, mas foi vestida a couraça de combate. Foi-lhes fornecido alimento forte e as almas que poderiam haver sido ganhas foram afastadas mais do que antes. Ev 249 1 A couraça de combatente, o espírito de debate, precisam ser abandonados. Se quisermos ser semelhantes a Cristo precisamos atingir os homens onde se encontram. -- Manuscrito 104, 1898. Ev 249 2 É vital a compreensão correta -- A compreensão correta do que "dizem as Escrituras" quanto ao estado dos mortos é indispensável para este tempo. A Palavra de Deus declara que os mortos não sabem coisa nenhuma; até o seu ódio e o seu amor já pereceram. Temos de recorrer à segura palavra da profecia como nossa fonte de autoridade. A menos que sejamos versados nas Escrituras, quando esse extraordinário poder satânico de operar milagres for manifesto em nosso mundo, poderá acontecer sermos enganados e atribuirmos a Deus os enganos; mas oxalá isso não aconteça, pois a Palavra de Deus declara que, se possível, até os escolhidos seriam enganados. A menos que estejamos enraizados e fundados na verdade, seremos colhidos pelos ardis enganosos de Satanás. Precisamos apegar-nos à Bíblia. Se Satanás conseguir fazer-vos crer que existem na Palavra de Deus porções não inspiradas, estará ele, então, preparado para enlaçar a vossa alma. Não teremos segurança, nem certeza no momento mesmo de precisarmos saber que é a verdade. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. A mensagem da mordomia cristã Ev 249 3 Ensinai cada converso -- Toda alma convertida deve ser instruída quanto ao que Deus dela requer no tocante aos dízimos e às ofertas. Tudo o de que desfrutam os homens eles o recebem do grande celeiro de Deus, e Ele Se regozija de que Seus herdeiros desfrutem os Seus bens; mas fez um concerto especial com todos os que estão sob o estandarte sangrento do Príncipe Emanuel, para que mostrem sua confiança em Deus e responsabilidade para com Ele, pela devolução ao Seu tesouro de certa porção do que Lhe pertence. Essa parte tem que ser empregada no sustento da obra missionária que deve ser feita em cumprimento da comissão que lhes foi confiada pelo Filho de Deus precisamente antes de separar-Se de Seus discípulos. -- Manuscrito 123, 1898. Ev 250 1 Cada um é um elo na corrente da salvação -- Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele buscar e salvar os perdidos. -- A Ciência do Bom Viver, 105 (1905). Ev 250 2 A responsabilidade dos evangelistas -- Faz parte de vosso trabalho ensinar os que conquistais para a verdade a que tragam para o tesouro o dízimo como reconhecimento de sua subordinação a Deus. Devem eles ser plenamente instruídos quanto ao seu dever de devolver ao Senhor o que Lhe pertence. Tão simples é o mandamento de dar o dízimo que não há nem sombra de desculpa para a ele desobedecer. Se deixardes de dar aos novos conversos instrução nesse ponto, deixais de fazer uma parte importantíssima de vosso trabalho. -- Carta 51, 1902. Ev 250 3 Orientando a nova igreja -- Nunca deve o obreiro que organiza pequenos grupos aqui e ali, dar aos recém-convertidos à fé, a impressão de que Deus não exige que eles trabalhem sistematicamente em auxiliar na manutenção da causa, seja por seus trabalhos pessoais, seja por meio de seus recursos. ... Ev 250 4 Todos devem ser ensinados a fazer pelo Mestre o que lhes estiver ao alcance; a devolver-Lhe segundo a prosperidade que lhes tem dado. Ele reclama como Sua a décima parte de suas rendas, sejam elas grandes ou pequenas; e aqueles que a retêm cometem roubo para com Ele, e não podem esperar que Sua mão lhes dê prosperidade. Ainda que a igreja seja composta, na maioria, de irmãos pobres, o assunto da liberalidade sistemática deve ser plenamente exposto, e o plano adotado de coração. Deus é capaz de cumprir Suas promessas. Seus recursos são infinitos, e Ele os emprega todos em cumprir Seus desígnios. E quando vê um fiel cumprimento do dever na devolução do dízimo, muitas vezes, em Sua sábia providência, proporciona meios pelos quais este seja aumentado. Aquele que segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma recompensa que aquele que oferta de sua abundância. -- Obreiros Evangélicos, 222, 223 (1915). Ev 251 1 Prova de comunhão celestial -- Nosso Pai celestial concede dons e solicita a devolução de uma parte, a fim de provar se somos dignos de possuir o dom da vida eterna. -- Testemunhos Selectos 1:389 (1875). Ev 251 2 Um ponto que deve ser apresentado repetidamente e com tato -- Os instrutores da Palavra de Deus não devem reter parte alguma do conselho de Deus, para que o povo não fique ignorante de seu dever, e deixe de compreender qual seja a seu respeito a vontade de Deus, e tropece e caia na perdição. ... Ev 251 3 Não se descuide ninguém de ministrar instrução fiel e simples no tocante ao dízimo. Dê-se instrução quanto a entregar ao Senhor o que Ele reclama como sendo Seu; pois o louvor do Senhor não permanecerá com um povo que O rouba nos dízimos e nas ofertas. Será necessário apresentar repetidamente ao povo o seu dever neste assunto para que os homens entreguem a Deus o que Lhe pertence. Quem for o primeiro a apresentar a verdade seja fiel na apresentação deste assunto, e outrossim, quem continua atendendo ao interessado esclareça também o reclamo de Deus quanto ao dízimo, para que o povo veja que em todos os pontos os obreiros estão ensinando a mesma verdade e são unânimes em com eles instar à obediência a todos os reclamos de Deus. Ev 252 1 Usem, porém, os obreiros, de discrição, e não dêem alimento sólido aos que são crianças; alimentai-os com o leite genuíno da Palavra. Não mistureis, em caso algum, vossa própria concepção de idéias com a verdade e não cubrais os preceitos de Deus com tradições ou suposições. Receba o povo a verdade tal qual é em Jesus. -- Manuscrito 39, 1895. Ev 252 2 Um trabalho descuidado -- Temos que transmitir a mensagem de advertência ao mundo, e como estamos fazendo nosso trabalho? Estais, vós, irmãos, pregando a porção da verdade que agrada o povo, ao passo que outras partes da obra são deixadas incompletas? Será necessário que alguém vos siga e inste com as pessoas para que cumpram seu dever de entregar fielmente todos os dízimos e ofertas ao tesouro do Senhor? Essa é a obrigação do ministro, mas tem sido calamitosamente negligenciada. O povo tem roubado a Deus, e o mal tem sido suportado, porque o ministro não tem querido desagradar seus irmãos. Deus chama a esses homens mordomos infiéis. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1884. Ev 252 3 Dízimo fiel; meios adequados -- Se os meios entrassem no tesouro exatamente de acordo com o plano de Deus -- um décimo de toda renda -- haveria abundância para levar avante a Sua obra. -- Testemunhos Selectos 2:41 (1882). Ev 252 4 Recolta para as missões -- Na providência de Deus, os que levam a responsabilidade de Sua obra têm-se esforçado por dar nova vida aos velhos métodos de trabalho, e também delinear novos planos e novos métodos de despertar o interesse dos membros da igreja num esforço unido para alcançar o mundo. Um dos novos planos para alcançar os descrentes é a campanha da Recolta de Donativos para as missões. Em muitos lugares, durante os poucos anos passados, isso se tem demonstrado um grande êxito, trazendo bênçãos para muitos e aumentando o afluxo de meios para a tesouraria das missões. Ao se fazer com que os que não são da nossa fé se familiarizem com o progresso da mensagem do terceiro anjo, em terras pagãs, sua simpatia tem sido despertada, e alguns têm procurado saber mais acerca da verdade que tanto poder tem para transformar corações e vidas. Homens e mulheres de todas as classes têm sido alcançados e o nome de Deus, glorificado. -- Conselhos Sobre Mordomia, 190, 191. Ev 253 1 Evitai os métodos mundanos -- Vemos as igrejas dos nossos dias incentivando festejos, glutonaria e dissipação por meio de ceias, quermesses, danças e festivais realizados com o fim de ajuntar meios para a tesouraria da igreja. Eis um método inventado por mentes carnais para conseguir recursos sem sacrifício. ... Ev 253 2 Fiquemos livres de todas essas corrupções, dissipações e festivais de igreja que exercem uma influência desmoralizante sobre jovens e velhos. Não temos o direito de lançar sobre eles o manto da santidade porque os recursos devem ser empregados nos planos da igreja. Tais ofertas são defeituosas e doentias, e têm a maldição de Deus. São o preço de almas. Pode o púlpito defender festivais, dança, tômbolas, quermesses e luxuosos banquetes para obter recursos para os planos da igreja; mas não participemos de nenhuma dessas coisas, pois, se o fizermos, incorreremos no desagrado de Deus. Não nos propomos apelar para a concupiscência do apetite ou recorrer a diversões carnais como meio de induzir professos seguidores de Cristo a dar dos bens que Deus lhes tem confiado. Se não derem voluntariamente, por amor de Cristo, de maneira alguma será a oferta aceitável a Deus. -- Idem, 201, 202 (1878). Ev 254 1 Subornados por banquetes e diversões -- É um fato deplorável que motivos sagrados e eternos não tenham aquele poder de abrir o coração dos professos seguidores de Cristo para dar ofertas voluntárias para o sustento do evangelho, que têm os tentadores subornos dos banquetes e divertimentos em geral. É uma triste realidade que esses incentivos prevalecem quando as coisas sagradas e eternas não têm força para influenciar o coração a se empenhar em obras de beneficência. Ev 254 2 O plano de Moisés no deserto para alcançar meios teve grande êxito. Não houve necessidade de compulsão. Moisés não fez um grande banquete. Não convidou o povo para cenas de alacridade, dança, e divertimentos em geral. Tampouco instituiu ele tômbolas ou qualquer outra coisa profana dessa espécie a fim de obter recursos para erigir o tabernáculo de Deus no deserto. Deus ordenou a Moisés que convidasse os filhos de Israel a trazerem ofertas. Devia Moisés aceitar dádivas de todo homem que voluntariamente desse, de coração. Essas ofertas voluntárias vieram em tão grande abundância que Moisés proclamou já ser suficiente. Deviam parar de dar presentes, pois já haviam dado com abundância, muito mais do que podia ser usado. -- Idem, 203 (1874). Ev 254 3 E que impressão se faz na mente dos incrédulos? A santa norma da Palavra de Deus é rebaixada até o pó. Deus e o nome de cristão são menosprezados. Por esse meio não escriturístico de levantar recursos, fortalecem-se os mais corruptos princípios. E assim é que Satanás quer que seja. Os homens estão repetindo o pecado de Nadabe e Abiú. Usam no serviço de Deus fogo comum, em vez de fogo sagrado. O Senhor não aceita tais ofertas. Ev 254 4 Todos esses métodos de trazer dinheiro para Seu tesouro são para Ele uma abominação. É uma devoção espúria que leva a tal invenção. Oh, que cegueira, que paixão louca há em muitos dos que pretendem ser cristãos! Membros da igreja estão fazendo o mesmo que fizeram os habitantes do mundo nos dias de Noé, quando a imaginação de seu coração era só má, continuamente. Todos os que temem a Deus aborrecerão tais práticas por serem uma falsa representação da religião de Jesus Cristo. -- Idem, 205 (1896). Ev 255 1 A mordomia do homem -- Mas há ainda uma significação mais profunda na regra áurea. Todo aquele que foi feito mordomo da multiforme graça de Deus, é chamado a comunicá-la a almas que jazem na ignorância e na treva, da mesma maneira que, estivesse ele no lugar dessas almas, desejaria que elas lha comunicassem. Disse o apóstolo Paulo: "Eu sou devedor, tanto a gregos, como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes." Romanos 1:14. Por tudo quanto tendes aprendido acerca do amor de Deus, por tudo quanto tendes recebido dos ricos dons de Sua graça acima da mais entenebrecida e degradada alma da Terra, sois devedores para com essa alma no sentido de lhe comunicar esses dons. -- O Maior Discurso de Cristo, 135 (1896). A apresentação do espírito de profecia Ev 255 2 Os novos crentes devem ter compreensão clara -- À proporção que se avizinha o fim, e a obra, que tem por objetivo transmitir ao mundo a última advertência, continua a estender-se, vai-se tornando mais importante para os que abraçaram a verdade, possuir uma compreensão clara tanto da natureza como da influência dos Testemunhos que Deus, em Sua providência, vinculou à obra da terceira mensagem angélica desde a sua origem. -- Testemunhos Selectos 2:270. Ev 255 3 As instruções divinas para o presente -- Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Nunca houve um tempo no qual Deus instruísse Seu povo mais intensamente do que os instrui agora a respeito de Sua vontade e da conduta que deseja que sigam. -- Testemunhos Selectos 2:276 (1889). Ev 256 1 Freqüentemente descuidados -- Freqüentemente descuidam os ministros estes ramos importantes da obra -- a reforma de saúde, os dons espirituais, a beneficência sistemática e os grandes ramos da atividade missionária. Por meio de seus trabalhos pode grande número de pessoas abraçar a teoria da verdade, mas com o tempo acontece que muitos não suportam a prova imposta por Deus. O ministro edificou sobre feno, madeira e palha, que seriam consumidos pelo fogo da tentação. -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1878. Ev 256 2 Não substituir a Bíblia -- Não devem os testemunhos da irmã White ser postos na dianteira. A Palavra de Deus é a norma infalível. Não devem os Testemunhos substituir a Palavra. Devem todos os crentes manifestar grande cautela no expor cuidadosamente estes assuntos, e calai sempre que houverdes dito o suficiente. Provem todos a própria atitude por meio das Escrituras e fundamentem pela Palavra de Deus revelada todo ponto que vindicam ser verdade. -- Carta 12, 1890. Ev 256 3 Não devem os testemunhos prevalecer sobre a Bíblia -- Quanto mais examinarmos as promessas da Palavra de Deus, mais brilhantes ficam. Quanto mais as pusermos em prática mais profunda será a nossa compreensão delas. Nossa atitude e crença têm por base a Bíblia. E nunca queremos que alma nenhuma faça prevalecer os Testemunhos sobre a Bíblia. -- Manuscrito 7, 1894. Ev 256 4 O propósito dos testemunhos -- A Palavra de Deus é suficiente para iluminar a mente mais obscurecida, e pode ser compreendida pelos que têm qualquer desejo de compreendê-la. Mas não obstante tudo isso, alguns que professam fazer da Palavra de Deus o objeto de seu estudo, vivem em direta oposição aos seus mais claros ensinos. Assim, para deixar sem desculpa os homens e mulheres, Deus dá claros e positivos testemunhos, dirigindo-os para a palavra que negligenciaram seguir. Ev 257 1 A Palavra de Deus é rica em princípios gerais para a formação de corretos hábitos de vida, e os testemunhos gerais e pessoais destinam-se a chamar a atenção mais especialmente para esses princípios. -- Testimonies for the Church 5:663, 664 (1889). Ev 257 2 As luzes maiores e menores -- Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior. -- O Colportor Evangelista, 37 (1902). Ev 257 3 Ilustração: A apresentação do Espírito de Profecia -- O Pastor _____ não entra em polêmica com oponentes. Ele apresenta a Bíblia com clareza tal que é evidente que qualquer pessoa que divirja tem que fazê-lo em oposição à Palavra de Deus. Ev 257 4 Sexta-feira à noite e sábado pela manhã falou ele sobre o assunto dos dons espirituais, frisando especialmente o Espírito de Profecia. As pessoas presentes a esses discursos dizem que ele apresentou o assunto de maneira clara e convincente. -- Carta 388, 1906. Ev 257 5 Em seu ensino o Pastor _____ mostrou que o Espírito de Profecia tem uma parte importante para desempenhar na confirmação da verdade. Na conclusão de seu trabalho, mandou-me convidar... para falar ao público. -- Carta 400, 1906. Ev 257 6 Dai tempo para confrontar as provas -- Na última visão que me foi concedida em Battle Creek foi-me mostrado que foi assumida em _____ atitude imprudente no tocante às visões, ao tempo da organização da igreja ali. Havia alguns em _____ que eram filhos de Deus, mas duvidavam das visões. Outros que não lhes faziam nenhuma oposição, contudo não ousavam assumir atitude definida a seu respeito. Alguns eram céticos e tinham suficientes motivos para isso. As falsas visões e práticas fanáticas, bem como as conseqüências desastrosas que delas decorreram, tiveram sobre a causa em _____ a influência de prevenir os espíritos contra tudo que se apresentasse com o nome de visões. Todas essas coisas cumpria tomar em consideração, e agir com sabedoria. Não se devem submeter a disciplina da igreja os que nunca tenham visto um indivíduo receber visões, e não possuíam conhecimento pessoal da sua influência. Essas pessoas não deviam ser privadas dos benefícios e privilégios de membros da igreja, se no demais a sua vida cristã se provara correta, e formaram bom caráter cristão. Ev 258 1 Alguns, conforme me foi mostrado, estão no caso de receber as visões publicadas, e de julgar da árvore pelos seus frutos. Outros são como o cético Tomé: não podem crer nos Testemunhos publicados, nem convencer-se deles pelo testemunho de outros, precisando ver e tirar a prova por si mesmos. Estes não devem por isso ser afastados, cumprindo tratá-los com paciência e caridade fraternal até que encontrem a atitude a adotar e tenham opinião formada contra eles ou a seu favor. Se, porém, entrarem a combater as visões de que não têm conhecimento; se levarem a sua oposição ao ponto de combater aquilo de que não têm experiência, e se sentirem importunados quando os que crêem que as visões procedem de Deus delas falam nas reuniões, e se confortam com as instruções dadas em visão, pode a igreja saber que não estão certos. -- Testimonies for the Church 1:327-329 (1862). Ev 259 1 Arrastados a uma atitude prematura -- Foi-me mostrado que algumas pessoas, especialmente em _____, fazem das visões uma norma pela qual medir tudo; e adotaram procedimento que nem meu esposo nem eu própria jamais seguimos. Algumas delas não me conhecem nem sabem das minhas atividades, e são muito céticas quanto a qualquer coisa que tenha o nome de visões. Tudo isto é natural, e pode ser superado somente pela experiência. Se as pessoas não estão convencidas no tocante às visões, não devem elas ser postas à margem em massa. O procedimento a seguir com tais pessoas pode ser encontrado em Testemunho n 8 [vol. 1, págs. 328 e 329], que espero será lido por todos. Devem os ministros apiedar-se de alguns usando de discernimento; e salvar alguns com temor, arrebatando-os do fogo. Devem os ministros de Deus ter discernimento para dar a cada pessoa sua porção de alimento e fazer com as várias pessoas a diferença que o seu caso requer. O procedimento seguido com algumas pessoas em _____ que não me conheciam, não foi cuidadoso nem coerente. Os que eram comparativamente estranhos às visões, foram tratados da mesma maneira que os que haviam tido muito esclarecimento e observação direta das visões. A alguns foi pedido que apoiassem as visões quando não podiam fazê-lo conscienciosamente, e desta maneira algumas almas sinceras foram forçadas a adotar atitude contrária às visões e à comunidade, o que nunca teriam feito se o seu caso houvesse sido tratado com discrição e misericórdia. -- Testimonies for the Church 1:382, 383 (1863). Ev 259 2 Vencendo a oposição -- Os ministros (não adventistas do sétimo dia) estão dirigindo suas invectivas, especialmente contra a Sra. White. Com isso não fazem, porém, senão prejudicar-se a si mesmos. ... Estou pondo em mãos das famílias O Desejado de Todas as Nações, O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas, e Vida de Jesus; de maneira que, enquanto os ministros militam contra mim, eu, por meus escritos, falarei ao povo. Confio em que haverá almas que serão convertidas para a verdade. Estamos agora fazendo-os voltarem-se para a lei e os testemunhos. Se eles não falarem segundo esta palavra é porque não têm iluminação. -- Carta 217, 1899. Ev 260 1 Julgados por seus frutos -- Sejam os Testemunhos julgados por seus frutos. Qual é o espírito de seus ensinamentos? Qual tem sido o resultado de sua influência? Todos os que o desejarem, podem familiarizar-se com os frutos dessas visões. ... Ev 260 2 Deus, ou está ensinando a Sua igreja, reprovando-lhe os erros e fortalecendo-lhe a fé, ou não está. Esta obra, ou é de Deus ou não é. Deus não faz coisa alguma de parceria com Satanás. Minha obra... traz o selo de Deus, ou o do inimigo. Não há, meio-termo neste caso. Os testemunhos procedem do Espírito de Deus, ou do diabo. -- Testemunhos Selectos 2:286 (1889). Ev 260 3 Deus fala por meio dos testemunhos -- Temos que seguir as orientações dadas por meio do Espírito de Profecia. Temos que amar a verdade para este tempo e a ela obedecer. Isto nos guardará de aceitar fortes enganos. Deus nos falou por Sua Palavra. Falou-nos pelos Testemunhos para a igreja, e pelos livros que têm ajudado a esclarecer o nosso dever presente bem como a posição que devemos ocupar agora. -- Idem, 3:275 (1904). A apresentação das normas cristãs e dos princípios de saúde Ev 260 4 A apresentação da reforma de saúde -- Nossa obra deve ser prática. Temos que lembrar que o homem tem corpo bem como alma para salvar. Nossa obra inclui muito mais do que apresentar-nos perante as pessoas para sermonear-lhes. Em nossa obra temos que atender as enfermidades físicas daqueles com quem somos postos em contato. Temos que apresentar os princípios da reforma de saúde, impressionando nossos ouvintes com o pensamento de que têm uma parte que fazer para manterem-se sãos. Ev 261 1 Deve o corpo ser mantido em estado saudável a fim de a alma estar sã. O estado do corpo afeta o da alma. Quem quiser ter força física e espiritual, deve educar o apetite na direção devida. Deve ser cuidadoso de não embaraçar a alma com a sobrecarga das faculdades físicas ou espirituais. O apego fiel aos princípios corretos no comer, no beber e no vestir é um dever que Deus impôs aos seres humanos. Ev 261 2 Quer o Senhor que obedeçamos às leis da saúde e da vida. Considera-nos Ele a cada um de nós responsável pelo devido cuidado do corpo, a fim de ser mantido com saúde. -- Carta 123, 1903. Ev 261 3 Uma parte da última mensagem -- Os princípios da reforma de saúde encontram-se na Palavra de Deus. O evangelho da saúde deve estar firmemente associado com o ministério da Palavra. É desígnio do Senhor que a influência restauradora da reforma de saúde seja parte do último grande esforço para proclamar a mensagem do evangelho. -- Medicina e Salvação, 259. Ev 261 4 Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma de saúde. Alguns há que pensam que a questão do regime alimentar não seja de importância suficiente para ser incluída em seu trabalho evangélico. Mas esses cometem um grande erro. A Palavra de Deus declara: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todas as suas modalidades, tem lugar importante na obra da salvação. -- Obreiros Evangélicos, 347 (1909). Ev 262 1 Plenamente fundados na reforma de saúde -- Os que vivem nos últimos dias da história da Terra precisam estar firmemente fundados nos princípios da reforma de saúde... Ev 262 2 Homens e mulheres doentios precisam tornar-se reformadores da saúde. Deus cooperará com Seus filhos na preservação de sua saúde, se comerem com cuidado, evitando sobrecarregar desnecessariamente o estômago. Misericordiosamente tornou Ele o caminho da Natureza perfeitamente seguro, amplo bastante para todos quantos nele quiserem andar. Deu-nos para sustento os produtos da terra, nutrientes e saudáveis. ... Ev 262 3 Muitos têm causado ao organismo muito dano pela desconsideração às leis da vida, e talvez nunca se reabilitem dos efeitos de sua negligência; mas ainda há tempo para arrependerem-se e converterem-se. Buscou o homem ser mais sábio do que Deus. Tornou-se lei para si próprio. Deus nos convida a dar atenção aos Seus reclamos, a não mais desonrá-Lo atrofiando as capacidades físicas, mentais e espirituais. -- Carta 135, 1902. Ev 262 4 A reforma de saúde, progressiva e prática -- O Senhor deseja que nossos pastores, médicos e membros da igreja sejam cautelosos em não insistir com os que são ignorantes quanto à nossa fé para fazerem repentinas mudanças no regime, levando assim os homens a uma prova antecipada. Mantende os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão, e crerão. Nem o Senhor requer que Seus mensageiros apresentem as belas verdades do viver saudável de maneira que prejudiquem os espíritos. Ninguém ponha pedras de tropeço diante dos pés dos que estão andando nas escuras veredas da ignorância. Mesmo em elogiar uma coisa boa, não sejais demasiado entusiastas, a fim de não desviardes do caminho os ouvintes. Apresentai os princípios da temperança em sua maneira mais atrativa. Ev 263 1 Não devemos agir presunçosamente. Os obreiros que entram em campo novo, para estabelecer igrejas, não devem criar dificuldades tentando salientar a questão do regime. Devem ser cuidadosos de não apertar demasiado com a questão, pois se poderia assim pôr impedimento no caminho de outros. Não deveis tanger o povo; conduzi-o. Ev 263 2 Aonde quer que a verdade seja levada, dever-se-iam dar instruções quanto à maneira de preparar alimento saudável. Deus deseja que, em todos os lugares o povo seja ensinado por mestres hábeis, a utilizar sabiamente os produtos que eles podem cultivar ou obter facilmente na região em que vivem. Tanto os pobres como os que se acham em melhores circunstâncias, podem ser ensinados a viver saudavelmente. -- Obreiros Evangélicos, 233 (1915). Ev 263 3 Mantende-a à frente -- A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. Ev 263 4 Conservai na frente a obra da reforma de saúde -- é a mensagem que sou instruída a apresentar. Mostrai tão claramente o seu valor que se venha a sentir uma vasta necessidade dela. A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que está perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais. Pela abstinência total vencerá o desejo das condescendências que destroem a saúde. Ev 264 1 Sou instruída a dizer aos educadores da reforma de saúde: Ide avante! O mundo precisa de cada partícula da influência que podeis exercer para afastar a onda de desgraça moral. Que os que ensinam a terceira mensagem angélica fiquem fiéis a sua bandeira. -- Testimonies for the Church 9:112, 113 (1909). Ev 264 2 Abstinência total do álcool e do fumo -- Têm os homens e as mulheres muitos hábitos que são contrários aos princípios bíblicos. As vítimas das bebidas alcoólicas e do fumo estão corrompidas no corpo, alma e espírito. Tais pessoas não devem ser recebidas na igreja sem que provem estar verdadeiramente convertidas, e sintam a necessidade da fé que opera por amor e purifica a alma. A verdade divina purifica o verdadeiro crente. Quem está plenamente convertido abandonará todo hábito e apetite envilecedor. Por meio da abstinência total vencerá seu desejo das condescendências destruidoras da saúde. -- Carta 49, 1902. Ev 264 3 A conversão, segredo da vitória -- A primeira e mais importante das coisas é enternecer e subjugar a alma com a apresentação de nosso Senhor Jesus Cristo como Salvador que toma sobre Si os pecados e os perdoa, e esclarecer o máximo possível o evangelho. Ev 264 4 Ao operar entre nós o Espírito Santo, como certamente o fez nas reuniões campais de _____, almas que não estão preparadas para o aparecimento de Cristo, são convencidas. Muitas das pessoas que assistem às nossas reuniões e se convertem, durante muitos anos não freqüentaram reuniões de igreja nenhuma. A simplicidade da verdade lhes atinge o coração. Toca todas as classes. Os viciados do fumo sacrificam o seu ídolo, e o alcoólatra, o seu álcool. Não poderiam eles fazer isso se, pela fé, não se houvessem apossado das promessas divinas do perdão de seus pecados. Não compensa um esforço resoluto para salvar essas almas? -- Carta 4, 1899. Ev 265 1 Iniciai a reforma pelo alicerce -- O alcoolismo estimula as mais vis corrupções e fortalece as mais satânicas propensões. ... Ao enfrentarmos essas coisas e vermos as conseqüências terríveis da bebida, não faremos tudo quanto esteja ao nosso alcance a fim de cerrar fileiras no auxílio a Deus para o combate a esse grande mal? O alcoolismo tem por alicerce os maus hábitos na alimentação. Os que crêem a verdade presente devem recusar-se a beber chá ou café, porque despertam o desejo de estimulantes mais fortes. Devem recusar-se a comer carne porque esta também desperta o desejo de bebidas fortes. Os alimentos sãos, preparados com gosto e perícia, devem constituir agora o nosso regime alimentar. Ev 265 2 Os que não são reformadores de saúde tratam-se de maneira injusta e insensata. Pela complacência com o apetite infligem-se danos terríveis. Pensarão alguns que a questão do regime alimentar não é suficientemente importante para ser incluída na religião. Mas esses cometem grande erro. Declara a Palavra de Deus: "Quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." O tema da temperança, em todos os seus aspectos, tem um lugar importante na elaboração de nossa salvação. Por motivo dos maus hábitos de comer, está o mundo tornando-se mais e mais imoral. -- Carta 49, 1902. Ev 265 3 Trabalho pessoal em prol dos intemperantes -- Não consiste a atividade missionária meramente em pregar. Inclui trabalho pessoal em favor dos que têm abusado de sua saúde e posto a si mesmos onde não têm fortaleza moral para dominar seus apetites e paixões. Deve-se trabalhar em prol dessas almas tanto quanto pelas mais favorecidas. Nosso mundo está repleto de sofredores. Ev 265 4 Deus escreveu Sua lei em cada nervo e músculo, em toda fibra e função do corpo humano. A complacência com o apetite antinatural, quer seja chá, café, fumo ou álcool, é intemperança e está em guerra com as leis da vida e da saúde. O uso desses artigos proibidos cria no organismo um estado de coisas que o Criador nunca Se propôs que nele houvesse. Essa complacência em qualquer dos membros da família humana, é pecado. ... O uso de alimento que não produz bom sangue, é procedimento contrário às leis de nosso organismo físico, e constitui violação da lei de Deus. A causa produz o efeito. Sofrimento, enfermidade e morte, são a penalidade certa da complacência. -- Carta 123, 1899. Ev 266 1 A busca de prazeres -- Multidões buscam em vão a felicidade nas diversões mundanas. Anseiam por alguma coisa que não têm. Gastam o dinheiro naquilo, que não é pão, e o produto do seu trabalho naquilo que não pode satisfazer. A alma faminta e sedenta continuará com fome e sede enquanto participe desses prazeres que não satisfazem. Oxalá cada uma dessas pessoas desse ouvidos à voz de Jesus: "Se alguém tem sede, venha a Mim e beba." Quem beber da água da vida não mais terá sede de diversões frívolas, excitantes. Cristo, a fonte da vida, é a fonte de paz e felicidade. Ev 266 2 Deus concede aos homens vários talentos e dons, não para que fiquem inativos, não para que se entretenham em diversões ou satisfação egoísta, mas, capacitando os homens para fazer trabalho missionário diligente e abnegado, sejam uma bênção para outros. -- The Youth's Instructor, 6 de Novembro de 1902. Ev 266 3 Espetáculos e teatros -- A paixão dominante de Satanás é perverter o intelecto e levar os homens a desejar ardentemente freqüentar espetáculos e exibições teatrais. A experiência e o caráter de quantos se empenham nesta obra estará em conformidade com o alimento fornecido à mente. Ev 267 1 O Senhor deu prova de Seu amor ao mundo. Não houve falsidade, nem teatralidade no que fez. Fez uma oferta viva, capaz de sofrer humilhação, desconsideração, vergonha, acusação. Isto o fez Cristo para poder salvar os caídos. Enquanto os seres humanos imaginavam meios e modos de destruí-Lo, o Filho do Infinito Deus veio a nosso mundo para dar um exemplo da grande obra a ser feita para redimir e salvar o homem. Hoje, porém, os orgulhosos e desobedientes esforçam-se para merecer de seus semelhantes um grande nome e honra, usando para divertirem-se os dons concedidos por Deus. -- Manuscrito 42, 1898. Ev 267 2 Atividade em prol dos amantes de prazeres -- Em vez de menosprezar o poço de Jacó, Cristo apresentou algo infinitamente melhor. ... Ofereceu à mulher algo melhor do que qualquer coisa que ela possuísse; a água viva, o gozo e a esperança do evangelho de Seu reino. Ev 267 3 Esta é uma ilustração da maneira em que temos que agir. Pouco nos adiantará o irmos aos amantes de prazeres, freqüentadores de teatros, ou de corridas de cavalos, bebedores e jogadores e reprovar-lhes duramente os pecados. Isto não fará bem nenhum. Devemos oferecer-lhes alguma coisa melhor do que a que têm, a própria paz de Cristo que sobrepuja todo entendimento. ... Ev 267 4 Essas pobres almas estão empenhadas na busca descontrolada dos prazeres e riquezas terrenos. Não sabem de coisa alguma mais desejável. Mas os jogos, teatros e corridas não satisfazem a alma. Os seres humanos não foram criados para ser satisfeitos dessa maneira, para gastar o dinheiro no que não é pão. Mostrai-lhes que infinitamente superior aos gozos e prazeres efêmeros do mundo é a magnificência imperecível do Céu. Tratai de convencê-los da liberdade, esperança, repouso e paz que há no evangelho. "Aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca terá sede", declarou Cristo. -- Manuscrito 12, 1901. Ev 268 1 Instruções quanto ao vestuário e às diversões -- Devem os princípios da vida cristã ser esclarecidos para os novos conversos à verdade. Homens e mulheres que sejam cristãos fiéis, devem manifestar profundo interesse em levar as almas convencidas à compreensão correta da justificação em Cristo Jesus. Se qualquer delas houver permitido que se lhe torne supremo na vida o desejo de diversões ou o amor do vestuário, de forma que qualquer porção de sua mente, alma e energia seja devotada às complacências egoístas, devem os crentes fiéis cuidar dessas almas como quem delas deverá prestar contas. Não deverão negligenciar as exatas, ternas e amorosas instruções tão essenciais para os novos conversos, a fim de que não haja trabalho tíbio. -- Manuscrito 56, 1900. Ev 268 2 A instrução aos novos conversos quanto à idolatria do vestuário -- Um ponto sobre que cumpre instruir os que abraçam a fé é o vestuário -- assunto que deve ser cuidadosamente considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa? Acariciam o orgulho de coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário. Ev 268 3 Cumpre não haver nenhum desleixo. Por amor de Cristo, cujas testemunhas somos, devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isto nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram por Ele dadas em relação à roupa de Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se a todos os respeitos pelo asseio, modéstia e pureza. O que, porém, a Palavra de Deus não aprova são as mudanças no vestuário pelo mero amor da moda -- a fim de nos conformarmos com o mundo. Os cristãos não devem enfeitar o corpo com vestidos custosos e adornos preciosos. Ev 269 1 As Palavras das Escrituras Sagradas, referentes a vestidos, devem ser bem meditadas. Importa compreender o que seja agradável ao Senhor até em matéria de vestuário. Todos os que sinceramente buscam a graça de Cristo, hão de atender a essas preciosas instruções da Palavra divinamente inspirada. O próprio feitio da roupa há de comprovar a veracidade do evangelho. Ev 269 2 Todos os que estudam a vida de Cristo e praticam os Seus ensinos se hão de tornar semelhantes a Ele. Sua influência será idêntica à Sua, revelando santidade de caráter. Palmilhando a vereda humilde da obediência, pela submissão à vontade de Deus, exercerão uma influência que atestará o progresso de Sua obra e a saudável pureza da mesma. Nessas almas perfeitamente convertidas, o mundo terá um testemunho do poder santificador da verdade sobre o caráter humano. -- Testemunhos Selectos 2:393, 394 (1900). Ev 269 3 Em harmonia com nossa fé -- A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo, e que não pensam nem cuidam no que respeita ao mundo vindouro. -- Idem, 1:350 (1875). Ev 270 1 Em conformidade com Cristo ou com o mundo -- Uma irmã que passara algumas semanas em uma de nossas instituições em _____, disse que ficou muito desapontada com o que vira e ouvira ali. ... Antes de aceitar a verdade, seguira as modas do mundo na sua maneira de trajar-se, e usara jóias de valor e outros ornamentos; mas ao decidir obedecer à Palavra de Deus, notou que seus ensinos exigiam dela o abandono de todo adorno extravagante e supérfluo. Foi ensinada que os adventistas do sétimo dia não usam jóias, ouro, prata ou pedras preciosas, e não seguem, no vestuário, as modas mundanas. Ao ver entre os que professam a fé um tão grande afastamento da simplicidade bíblica, sentiu-se perplexa. Não possuíam eles a mesma Bíblia que ela estivera estudando, e com a qual ela se empenhara por conformar a vida? Fora a sua experiência passada um mero fanatismo? Interpretara mal as palavras do apóstolo: "A amizade do mundo é inimizade contra Deus. Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus"? Ev 270 2 A Sra. D, que exerce uma função na instituição, estava certo dia de visita no quarto da irmã _____, quando esta tirou de sua mala um colar e corrente de ouro, e disse que queria vender essa jóia e entregar o produto à tesouraria do Senhor. Disse a outra: "Por que o vende? Eu o usaria, se fosse meu." "Ora!", respondeu a irmã _____, "quando eu aceitei a verdade, foi-me ensinado que devemos abandonar todas estas coisas. Sem dúvida elas são contrárias aos ensinos da Palavra de Deus." E citou a sua compreensão das palavras dos apóstolos Paulo e Pedro, sobre esse ponto: "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto." Ev 271 1 Como resposta, a senhora mostrou um anel de ouro que tinha no dedo, que lhe fora presenteado por um incrédulo, e disse pensar que nenhum mal haveria em usar tais ornamentos. "Não somos tão estritos como antes", disse. "Nosso povo tem sido escrupuloso demais no tocante ao assunto do vestuário. As senhoras desta instituição usam relógios de ouro e correntes de ouro, e vestem-se como as outras pessoas. Não é bom procedimento o ser singular quanto ao nosso vestuário; pois não podemos exercer muita influência." Ev 271 2 Perguntamos: Está isso em conformidade com os ensinos de Cristo? Temos nós de seguir a Palavra de Deus, ou os costumes do mundo? Nossa irmã decidiu que o mais seguro era seguir a norma bíblica. Gostarão a irmã D e outras que procedem de maneira idêntica, de enfrentar o resultado de sua influência, naquele dia em que todo homem receberá segundo as suas obras? Ev 271 3 A Palavra de Deus é clara. Seus ensinos não podem ser confundidos. Obedecer-lhe-emos, tal como Ele no-la deu, ou buscaremos desviar-nos o máximo possível e não obstante ser salvos? Oxalá todos quantos estão vinculados às nossas instituições recebam a luz divina e sigam-na, habilitando-se, assim, para transmitir luz aos que andam em trevas. Ev 271 4 A conformidade com o mundo é um pecado que está minando a espiritualidade de nosso povo, e seriamente prejudicando a sua utilidade. Inútil é proclamar ao mundo a mensagem de advertência, enquanto a negamos nas realizações da vida diária. -- The Review and Herald, 28 de Março de 1882. Ev 272 1 Uma obra do coração -- Muitos há que intentam corrigir a vida dos demais atacando o que consideram ser hábitos errôneos. Vão ter com quem pensam estar em erro e lhes apontam os defeitos. Dizem eles: "Você não se veste como convém." Buscam arrancar os ornamentos ou tudo quanto parece ofensivo, mas não tratam de firmar a mente na verdade. Os que buscam corrigir outras pessoas, deveriam apresentar os atrativos de Jesus. Deveriam falar de Seu amor e misericórdia, apresentar o Seu exemplo e sacrifício, revelar o Seu espírito, e não precisarão sequer tocar no tema do vestuário. Não há necessidade de fazer do assunto do vestuário o ponto principal de vossa religião. Algo mais valioso há de que falar. Falai de Cristo, e quando o coração estiver convertido, tudo que não está em harmonia com a Palavra de Deus cairá. Arrancar as folhas de uma árvore viva equivale a trabalhar em vão. As folhas reaparecerão. O machado precisa ser posto à raiz da árvore, e então as folhas cairão para não mais volver. Ev 272 2 A fim de ensinar aos homens e mulheres a insignificância das coisas terrestres, deveis encaminhá-los à fonte viva e levá-los a abeberarem-se de Cristo, até que o seu coração esteja repleto do amor de Deus, e Cristo seja neles uma fonte de água que salta para a vida eterna. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1889. Ev 272 3 Limpai a fonte e puras serão as águas. Se reto for o coração, corretas hão de ser vossas palavras, vosso vestuário, vossas ações. -- Testemunhos Selectos 1:51 (1857). Ev 273 4 A simplicidade do vestuário -- Aproximamo-nos do fim da história deste mundo. Um testemunho claro e direto é agora necessário, tal como é apresentado na Palavra de Deus, atinente à simplicidade do vestuário. Deve esta ser a nossa preocupação. Tarde demais é agora, porém, para nos entusiasmarmos e fazer deste assunto uma prova. O vestuário de nossos irmãos deve ser confeccionado com maior simplicidade. ... Nenhum modelo definido me foi dado como regra exata para orientar a todos no vestuário. ... Ev 273 1 Nossas irmãs devem vestir-se com roupa modesta. Devem vestir-se com simplicidade. Vossos chapéus e vestidos não precisam dos ornamentos adicionais neles postos. Deveis vestir-vos com roupa modesta, com pudor e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração fiel do adorno íntimo da graça de Deus. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas o fazem, tendo vestidos de boa fazenda, duráveis, modestos, apropriados para a sua idade, e não lhes preocupe a mente o problema do vestuário. -- Manuscrito 97, 1908. As ordenanças Ev 273 2 As duas colunas monumentais -- As ordenanças do batismo e da ceia do Senhor são duas colunas monumentais, estando uma dentro e outra fora da igreja. Sobre estas ordenanças Cristo inscreveu o nome do verdadeiro Deus. -- Manuscrito 27, 1900. Ev 273 3 A ceia do Senhor como monumento comemorativo permanente -- Os símbolos da casa do Senhor são simples e facilmente compreensíveis, e as verdades por eles representadas são-nos da mais profunda significação. Ao estabelecer o rito sacramental para substituir a Páscoa, Cristo deixou para a igreja um memorial de Seu grande sacrifício em prol do homem. "Fazei isto", disse Ele, "em memória de Mim." Era esse o ponto de transição entre duas dispensações e suas duas grandes festas. Uma iria terminar para sempre; a outra, que Ele acabava de estabelecer, iria substituí-la, e continuar através dos séculos como o memorial de Sua morte. -- The Review and Herald, 22 de Junho de 1897. Ev 274 1 A lavagem dos pés, mais do que um ritual -- Não participamos das ordenanças da casa do Senhor meramente como um ritual. ... Ev 274 2 Ele instituiu esta cerimônia para que nos fale constantemente aos sentidos do amor de Deus manifestado em nosso favor. ... Esta cerimônia não pode ser repetida sem que um pensamento se ligue a outro. Assim, uma série de pensamentos suscita lembranças de bênçãos, de bondades e de favores recebidos de amigos e irmãos, que desapareceram da memória. O Espírito Santo, com Seu poder estimulante e vivificante, apresenta a ingratidão e falta de amor que brotaram da odiosa raiz da amargura. Elo após elo na cadeia da memória é fortalecido. O Espírito de Deus atua na mente humana. Os defeitos do caráter, a negligência dos deveres, a ingratidão para com Deus, são trazidos à memória, e os pensamentos são levados cativos à obediência de Cristo. -- The Review and Herald, 7 de Junho de 1898. Ev 274 3 Preparo do coração -- Nos dias primitivos do movimento do advento, quando éramos poucos em número, a celebração das ordenanças tornava-se uma ocasião das mais proveitosas. Na sexta-feira anterior, todo membro da igreja buscava remover tudo quanto contribuísse para separá-lo de seus irmãos e de Deus. Examinavam o coração rigorosamente; faziam-se orações fervorosas pela divina revelação de pecados ocultos; e faziam-se confissões de deslizes no comércio, de palavras imprudentes proferidas com precipitação, de pecados acariciados. O Senhor Se manifestava e éramos grandemente fortalecidos e animados. -- Manuscrito 102, 1904. Ev 275 1 O propósito da ordenança do rito -- A reconciliação mútua dos irmãos é a obra para que foi estabelecido o rito do lava-pés. Pelo exemplo de nosso Senhor e Mestre esta cerimônia de humilhação foi convertida numa ordenança sagrada. Quando quer que celebrada, Cristo está presente por meio de Seu Santo Espírito. Esse Espírito é que produz convicção nos corações. Ev 275 2 Ao celebrar Cristo este rito com Seus discípulos, a convicção apoderou-se de todos, menos de Judas. Assim também a convicção se apoderará de nós, ao falar-nos Cristo ao coração. As fontes da alma serão abertas. A mente será avigorada e, entrando em atividade e vida, destruirá toda barreira que haja causado desunião e afastamento. Os pecados que hajam sido cometidos aparecerão com mais notoriedade que nunca dantes; pois o Espírito Santo no-los trará à lembrança. As palavras de Cristo: "Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes", serão revestidas de nova virtude. -- The Review and Herald, 4 de Novembro de 1902. Ev 275 3 A prova do coração -- Este rito do lava-pés foi convertido em rito religioso. ... Foi posto como alguma coisa para provar e verificar a lealdade dos filhos de Deus. Quando o Israel moderno observa o rito sacramental, esta cerimônia deverá preceder a participação nos emblemas da morte do Senhor. Ev 275 4 Este rito foi dado para proveito dos discípulos de Cristo. E Cristo pretendia dizer justamente o que disse ao proferirem os Seus lábios as palavras: "Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também. ... Se sabeis estas coisas bem-aventurados sois se as fizerdes." Ele Se propôs com isto provar o verdadeiro estado do coração e da mente dos que nele participavam. -- Manuscrito 8, 1897. Ev 275 5 Para todo tempo e país -- Em lugar da festa nacional que o povo judaico havia observado, instituiu Ele um culto comemorativo, o rito do lava-pés e a ceia sacramental, para serem observados através de todos os tempos por Seus seguidores em todos os países. Devem estes sempre repetir o ato de Cristo, a fim de que todos vejam que o verdadeiro serviço requer ministério abnegado. -- The Signs of the Times, 16 de Maio de 1900. Ev 276 1 Para ser comemorado freqüentemente -- Neste último ato de Cristo, participando com Seus discípulos do pão e do vinho, Ele Se hipotecou como Redentor deles por meio de um novo concerto, em que estava escrito e selado que a todos quantos receberem a Cristo pela fé, serão conferidas todas as bênçãos que o Céu pode prover, tanto nesta vida quanto na futura vida imortal. Ev 276 2 Este instrumento de concerto teria que ser ratificado pelo próprio sangue de Cristo, que as antigas ofertas sacrificais tinham por finalidade manter na lembrança de Seu povo escolhido. Cristo tencionava que essa ceia fosse comemorada frequentemente, a fim de trazer-nos à lembrança o Seu sacrifício de dar a Sua vida pela remissão dos pecados de todos quantos nEle crêem e O recebem. Esse rito não deve ser exclusivo, como muitos querem fazê-lo. Cada pessoa deve dele participar publicamente, e com isso dizer: "Aceito a Cristo como meu Salvador pessoal. Ele deu por mim a Sua vida, para eu ser salvo da morte." -- The Review and Herald, 22 de Junho de 1897. Ev 276 3 Experiência: procedimento fiel com um pastor interessado -- Na manhã de sábado, em que a igreja de _____ celebrava as ordenanças, o irmão _____ estava presente. Ele foi convidado a participar do rito do lava-pés, mas disse que preferia testemunhá-lo. Perguntou se era obrigatória a participação nesse rito antes de a pessoa participar da comunhão, e nossos irmãos lhe asseguraram não ser obrigatório, e que ele seria bem-vindo à mesa do Senhor. Esse sábado foi um dia preciosíssimo para essa alma; disse ele que nunca havia tido em sua vida dia mais feliz. Ev 277 1 Depois quis falar-me, e tivemos uma palestra agradável. Sua conversa foi muito interessante e passamos momentos preciosos orando juntos. Creio que ele é um servo de Deus. Dei-lhe os meus livros O Grande Conflito, Patriarcas e Profetas e Caminho a Cristo. Aparentava estar muito satisfeito, disse que queria possuir todo o esclarecimento que lhe fosse possível obter para enfrentar os oponentes de nossa crença. Foi batizado antes de voltar para casa, e voltará para apresentar a verdade à sua própria congregação. -- Manuscrito 4, 1893. Ev 277 2 Não seja a comunhão exclusiva -- O exemplo de Cristo proíbe a exclusão da ceia do Senhor. Verdade é que o pecado aberto exclui o culpado. Isto ensina plenamente o Espírito Santo. Além disso, porém, ninguém deve julgar. Deus não deixou aos homens dizer quem se apresentará nessas ocasiões. Pois quem pode ler o coração? Quem é capaz de distinguir o joio do trigo? -- O Desejado de Todas as Nações, 656 (1898). Ev 277 3 Podem chegar a relacionar-se convosco pessoas que não estejam de coração unidas à verdade e à santidade, mas queiram participar desses ritos. Não as impeçais. -- Manuscrito 47, 1897. Ev 277 4 Com reverência -- Todas as coisas relacionadas com este rito devem sugerir um preparo tão perfeito quanto possível. Toda ordenança da igreja deve ser inspiradora. Não devem elas ser tornadas comuns ou vulgares, nem postas no mesmo nível das coisas comuns. ... Nossas igrejas precisam ser instruídas para manifestar mais elevado respeito e reverência para com as coisas sagradas do culto a Deus. -- Manuscrito 76, 1900. Ev 278 1 Esta cerimônia não deve ser realizada negligentemente, mas com fervor, e mantendo-se presente o seu propósito e objetivo. -- Manuscrito 8, 1897. Ev 278 2 Uma reunião abençoada -- O dia de hoje foi-me um período preciosíssimo de refrigério para a alma. O pequeno grupo daqui está organizado em igreja e vim ter com eles para celebrar as ordenanças. Preguei com base em João 13, e preciosas idéias me ocorreram à mente no tocante à cerimônia da humildade. ... Muito há nesse rito simples que não é visto nem apreciado. Fui abençoada com participar dos símbolos do corpo partido e do sangue derramado de nosso precioso Salvador, que Se fez pecado por nós, para que por Ele fôssemos feitos justiça de Deus. Ele tomou sobre Si os nossos pecados. Ev 278 3 A reunião de hoje foi uma ocasião muito solene para todos os presentes. A reunião de testemunhos foi excelente. Todos quantos foram chamados por nome, atenderam de bom grado. Sei que o Senhor Jesus esteve em nosso meio, e todo o Céu ficou satisfeito ao seguirmos o exemplo de Cristo. Nessas ocasiões o Senhor Se manifesta de maneira especial para assim enternecer e subjugar a alma, para expelir o egoísmo, impregnar com o Espírito Santo, e levar amor e graça e paz aos corações contritos. Ev 278 4 Ao terminar a reunião, e termos voltado para as nossas tendas nas matas, branda, suave e santa influência invadiu-nos o coração. Minha alma se encheu de doce paz. -- Manuscrito 14, 1895. ------------------------Capítulo 9 -- Firmar o interesse A pregação para conseguir a decisão final Ev 279 1 Por meio de lições simples -- não eloqüência -- Aquele que faz da eloquência o mais elevado objetivo em suas pregações, faz com que o povo esqueça a verdade que se acha de mistura com sua oratória. Em havendo passado a emoção, verificar-se-á que a Palavra de Deus não se firmou na mente, nem lucraram os ouvintes em entendimento. Podem falar acerca da eloqüência do ministro em termos cheios de admiração, mas não foram em nada levados mais perto da decisão. Falam do sermão como o fariam de uma peça de teatro, e do ministro como o fariam de um ator. Eles poderão voltar a escutar tais discursos, mas dali sairão sem haver recebido impressão nem alimento. Ev 279 2 Não é de discursos floreados que se necessita, nem de uma torrente de palavras destituídas de significação. Nossos ministros devem falar de maneira que ajudem o povo a aprender a verdade vital. -- Obreiros Evangélicos, 153, 154 (1915). Ev 279 3 Almas indecisas em cada reunião -- Existem em toda congregação almas hesitantes, quase persuadidas a se dedicarem inteiramente a Deus. A decisão está sendo feita para o presente e para a eternidade; mas muito amiúde acontece que o ministro não possui no próprio coração o espírito e o poder da mensagem da verdade, pelo que não faz apelos diretos às almas que tremem na balança. O resultado é que as impressões não se aprofundam no coração dos convictos; e saem da reunião sentindo-se menos inclinados a aceitar o serviço de Cristo, do que quando chegaram. Decidem esperar oportunidade mais favorável; que, porém, nunca chega. -- Testimonies for the Church 4:447 (1880). Ev 280 1 Alguns escutam o seu último sermão -- Talvez alguns estejam escutando o último sermão que lhes é dado ouvir, e outros não terão nunca mais o ensejo de ouvir uma exposição da cadeia da verdade, com uma aplicação prática da mesma a seu próprio coração. Perdida essa áurea oportunidade, fica perdida para sempre. Houvesse Cristo, com Seu amor redentor, sido exaltado em ligação com a teoria da verdade, e isso os poderia haver feito pender para o lado dEle. -- Testemunhos Selectos 1:524 (1880). Ev 280 2 Um apelo em cada sermão -- Com a unção do Espírito Santo, que lhe incuta responsabilidade pelas almas, não despedirá a congregação sem apresentar-lhe a Jesus Cristo, único refúgio do pecador, fazendo apelos veementes que cheguem ao coração dos ouvintes. Deve ele ter a consciência de que talvez nunca mais se encontre com esses ouvintes antes do grande dia de Deus. -- Testimonies for the Church 4:316 (1879). Ev 280 3 Em todo discurso, deve-se fazer fervoroso apelo ao povo, para que deixem seus pecados e se voltem para Cristo. -- Testemunhos Selectos 1:526, 527 (1880). Ev 280 4 Apelo para decisões -- Em nossas reuniões campais fazem-se demasiado poucos esforços de reavivamento. Há demasiado pouca busca do Senhor. Cultos de reavivamento devem ser realizados desde o começo até ao fim das reuniões. Os mais decididos esforços devem ser feitos para despertar as pessoas. Vejam todos que sois fervorosos porque tendes uma mensagem maravilhosa do Céu. Dizei-lhes que o Senhor vem julgar, e que nem reis, nem governantes, nem riqueza nem influência, serão de ajuda para evitar os juízos que logo hão de cair. No fim de cada reunião devem ser pedidas decisões. -- Testimonies for the Church 6:64, 65 (1900). Ev 281 1 A verdade do Sábado proclamada ousadamente -- Neste tempo é que o verdadeiro sábado precisa ser apresentado ao público tanto pela pena como pela voz. Assim como o quarto mandamento do Decálogo e os que o observam são desconsiderados e menosprezados, os poucos fiéis sabem que é tempo, não de ocultar a face mas de exaltar a lei de Jeová por meio do desfraldar da bandeira em que está escrita a mensagem do terceiro anjo, "aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus". Apocalipse 14:12. ... Ev 281 2 A verdade não deve ser escondida, não deve ser negada nem disfarçada, mas amplamente reconhecida e destemidamente proclamada. -- Carta 3, 1890. Ev 281 3 Dois extremos no tocante à decisão -- Existem dois extremos que precisam ser evitados; um consiste na abstenção de declarar todo o conselho de Deus, e incorrer no espírito dos reavivalistas desta época em que se brada: "Paz, paz, quando não há paz", entretecendo em seus trabalhos um elemento que promove os sentimentos e deixa inalterado o coração. ... Ev 281 4 O segundo extremo consiste em sempre açoitar as pessoas e falar-lhes de maneira rude e anticristã, de modo tal que pensem que estais irritados. -- Carta 43, 1886. Ev 281 5 A apresentação do ministro pode prejudicar a decisão -- No passado o trabalho do irmão _____ foi-me apresentado em visão. Parecia como se estivesse apresentando ao público um recipiente cheio dos mais belos frutos, mas ao passo que lhes oferecia esse fruto, sua atitude e maneira eram tais que ninguém queria nenhum deles. Assim tem ocorrido demasiadas vezes com as verdades espirituais que oferece ao público. Em sua apresentação destas verdades, manifesta-se às vezes um espírito que não procede do Céu. Às vezes proferem-se palavras, fazem-se censuras com ímpeto, um vigor, que levam o público a desviar-se das belas verdades que ele tem para eles. Ev 282 1 Vi o irmão _____ quando o enternecedor Espírito de Deus sobre ele repousava. Seu amor à verdade era genuíno, e não alguma coisa que ele apenas tivesse a pretensão de possuir. Ele cultivara e acariciara esse amor, e ainda lhe está no coração. Mas o nosso irmão tem uma maneira muito fraca de manifestar a compaixão, a ternura, o amorável Espírito de Cristo. ... Carece ele do santo óleo que, dos tubos de ouro é vertido nos corações humanos. Esse óleo deve encher-lhe o coração, e quando ele o receber, repousará sobre ele o Espírito de Deus. -- Manuscrito 120, 1902. Ev 282 2 A gravidade de rejeitar a luz -- Quando desatendida a convicção, quando é rejeitada a evidência, os homens são forçados a adotar a atitude de ativa oposição e de resistência obstinada. -- Manuscrito 13, 1892. Ev 282 3 Trabalho diligente em prol das almas -- Trabalhai pela salvação das almas como se soubésseis por tê-lo visto, que estáveis à plena vista de todo o universo do Céu. Cada anjo no Céu está interessado na obra que está sendo feita pela salvação das almas. Não estamos despertos como devêramos estar. Todos os membros da hoste angélica são nossos assistentes. "O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; Ele Se deleitará em ti com alegria; calar-Se-á por seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo." Oh, não podemos, então, trabalhar com bom ânimo e fé? "Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos." Somente tende fé. Orai e crede, e vereis a salvação divina. -- Carta 126, 1896. Apelos e chamados para o altar Ev 283 1 Instar com as almas para decidirem-se -- A obra do Espírito Santo é convencer as almas de sua necessidade de Cristo. Muitos estão convencidos do pecado, e sentem sua necessidade de um Salvador que perdoa o pecado; mas estão meramente insatisfeitos com seu procedimento e objetivos, e se não há uma aplicação resoluta da verdade para o seu coração, se não são proferidas palavras no momento oportuno, convidando-os para a decisão ante o peso da evidência já apresentada, os convictos prosseguem sem identificar-se com Cristo, passa a oportunidade áurea, e não se entregaram, e apartam-se mais e mais da verdade, mais distantes de Jesus e nunca fazem sua decisão em prol do Senhor. Ev 283 2 Ora, o ministro não deve meramente apresentar a Palavra de Deus de maneira tal que convença do pecado de forma geral, mas terá que exaltar a Cristo perante seus ouvintes. O que Cristo deles requer tem que ser esclarecido. As pessoas devem ser instadas a decidirem-se, precisamente agora, a colocar-se do lado do Senhor. -- Carta 29, 1890. Ev 283 3 Conseguir a anuência do auditório -- O Pastor _____ tem alcançado êxito extraordinário nesta série de reuniões. Seu método tem sido o de fazer uma passagem explicar outra; e o Espírito Santo convenceu da verdade muitos corações. As pessoas podem apenas aceitar um claro "Assim diz o Senhor". ... Ele tem pregado somente à noite, quando os homens estão livres de seu trabalho e podem sair para ouvi-lo. Após umas poucas semanas de trabalho, apresentou o sábado, e uma vez mais fez a Bíblia provar cada afirmação. Ev 283 4 A primeira reunião de sábado foi realizada na tenda grande. Depois de o Pastor _____ ter acabado de falar, houve uma reunião de oração, e então ele pediu que se levantassem todos quantos estavam convencidos da verdade e determinados a decidir-se pela obediência à Palavra de Deus. Cinqüenta atenderam; seus nomes foram anotados e foi convocada uma reunião em que iriam dar o seu testemunho. Muitos tiveram palavras excelentes que dizer. ... Ev 284 1 Depois de algumas semanas, foi feito outro apelo aos que se houvessem decidido pela obediência à verdade. Atenderam cerca de vinte e cinco a trinta pessoas. Vários ministros estavam presentes nessa reunião e deram excelentes testemunhos. -- Carta 372, 1906. Ev 284 2 A aceitação da verdade pela congregação, no movimento de 1844 -- Esta é a maneira em que ela foi proclamada em 1842, 1843 e 1844. ... Nenhuma palavra desnecessária era proferida pelo orador, mas as Escrituras eram apresentadas com clareza. Freqüentemente era feito um apelo aos que cressem as verdades que haviam sido provadas pela Palavra, para que se levantassem, e grande número atendia. Faziam-se orações em favor dos que desejavam auxílio especial. -- Manuscrito 105, 1906. Ev 284 3 O reconhecimento de novas manifestações de convicção -- Aos meus irmãos do ministério, quero dizer: Toda nova manifestação de convicção operada pela graça de Deus na alma dos incrédulos, é divina. Tudo quanto possais fazer para atrair as almas para o conhecimento da verdade, é um meio de permitir que a luz brilhe, a luz da glória de Deus, tal como brilha na face de Jesus Cristo. Guiai a mente para Aquele que guia e dirige todas as coisas. Cristo será, para as almas recém-conversas, o maná e o orvalho espiritual. Não existe nEle treva alguma. À medida que os homens de discernimento espiritual realizem com eles estudos bíblicos, dizendo-lhes como entregar-se ao poder do Espírito Santo, para que estejam plena e firmemente fundados na verdade, ir-se-á revelando o poder de Deus. -- Manuscrito 105, 1906. Ev 284 4 Apelos freqüentes ao público -- Abandonai toda aparência de apatia, e levai as pessoas a pensar que há vida ou morte nestes assuntos solenes, segundo os recebam ou rejeitem. Ao apresentar verdades decisivas, perguntai amiúde quem, depois de terem escutado as palavras de Deus, que lhes aponta o dever, está disposto a consagrar a Cristo Jesus o coração e a mente com todos os seus afetos. -- Carta 8, 1895. Ev 285 1 Falar pessoalmente aos que fazem perguntas -- Ao terminarem as reuniões, deve haver uma investigação pessoal com cada pessoa sobre o assunto. A cada um deve ser perguntado como pensa encarar essas coisas, e se se propõe fazer delas uma aplicação pessoal. Então, deveis vigiar e observar se este ou aquele manifesta interesse. Cinco palavras que lhes sejam dirigidas particularmente, farão mais do que haja feito todo o discurso. -- Manuscrito 19b, 1890. Ev 285 2 O Espírito Santo concede eficácia aos apelos -- Se buscardes o Senhor, pondo de lado toda a maledicência e todo o egoísmo, e perseverardes em oração, o Senhor Se aproximará de vós. O poder do Espírito Santo é que concede eficácia aos vossos esforços e aos vossos apelos. Humilhai-vos perante Deus para que em Sua força possais alçar-vos a mais elevada norma. -- Manuscrito 20, 1905. Ev 285 3 O amor de Jesus toca os corações -- Deus e Seu amado Filho têm que ser apresentados ao povo na exuberância do amor que manifestaram para com o homem. Com o fito de desfazer as barreiras de preconceito e impenitência, o amor de Cristo tem que ter uma parte em cada discurso. Fazei com que os homens saibam quanto Jesus os ama, e que provas lhes deu de Seu amor. Que amor pode equivaler ao que Deus manifestou pelo homem por meio da morte de Cristo na cruz! Ao estar o coração cheio do amor de Jesus, isto pode ser apresentado ao público, e tocará os corações. -- Carta 48, 1886. Ajuda às almas para converterem-se Ev 286 1 A experiência da conversão genuína -- Foi-me mostrado que muitas pessoas têm idéias confusas no tocante à conversão. Ouviram amiúde repetir do púlpito as palavras: "Precisais nascer de novo." "Precisais ter coração novo." Estas expressões desconcertaram-nos. Não podiam compreender o plano da salvação. Ev 286 2 Muitos tropeçaram para a ruína devido a doutrinas errôneas ensinadas por alguns ministros, no tocante à mudança que ocorre na conversão. Alguns têm curtido tristeza durante anos, esperando alguma notável evidência de haverem sido aceitos por Deus. Separaram-se do mundo, em grande medida, e encontram prazer em associar-se com o povo de Deus; não obstante não ousam professar a Cristo por temerem que seria presunção dizerem que são filhos de Deus. Estão esperando essa mudança característica que foram induzidos a crer que está relacionada com a conversão. Ev 286 3 Depois de algum tempo, alguns destes têm a prova de sua aceitação da parte de Deus, e então são induzidos a identificar-se com Seu povo. Datam a sua conversão a partir desse momento. Foi-me mostrado, porém, que haviam sido aceitos na família de Deus antes desse tempo. Deus os aceitara quando se sentiram enfadados do pecado e, havendo perdido a satisfação pelos prazeres mundanos, decidiram buscar a Deus diligentemente. Mas, por não compreenderem a simplicidade do plano da salvação, perderam muitos privilégios e bênçãos que poderiam haver reclamado se apenas houvessem crido, quando pela primeira vez se voltaram para Deus, que Ele os aceitara. Ev 286 4 Outros caem em erro ainda mais perigoso. São governados por impulsos. Despertam-se-lhes as simpatias e consideram esse arroubo de sentimento uma prova de que foram aceitos por Deus e estão convertidos. Mas os princípios de sua vida não sofreram modificação. As evidências de uma genuína obra de graça no coração tem que ter base, não nos sentimentos, mas na vida. "Por seus frutos", declarou Cristo, "os conhecereis." Ev 287 1 Muitas preciosas almas que almejam fervorosamente ser cristãs andam, não obstante, tropeçando nas trevas, a espera de que seus sentimentos sejam excitados convincentemente. Esperam que lhes ocorra uma mudança especial nos sentimentos. Esperam que alguma força irresistível, sobre que não tenham domínio os subjugue. Esquecem a circunstância de que o crente em Cristo deve operar a própria salvação com temor e tremor. Ev 287 2 O pecador convicto tem alguma coisa que fazer além de arrepender-se; tem que fazer a sua parte para ser aceito por Deus. Deve crer que Deus lhe aceita o arrependimento, de conformidade com Sua promessa: "Sem fé é impossível agradar-Lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam." Ev 287 3 A obra da graça no coração não se opera instantaneamente. Efetua-se por uma vigilância contínua e cotidiana e pela crença nas promessas de Deus. A pessoa arrependida e crente, que nutre fé e ardentemente anela a graça renovadora de Cristo, não será por Deus despedida vazia. Ele lhe concederá graça. E os anjos ministradores ajudá-la-ão enquanto perseverar nos esforços para avançar. -- Manuscrito 55, 1910. Ev 287 4 Conversões -- não todas iguais -- Nem todos estão constituídos da mesma maneira. Nem todas as conversões são iguais. Jesus impressiona o coração, e o pecador renasce para viver vida nova. Amiúde as almas são atraídas para Cristo sem que ocorra uma manifestação violenta, nem dilaceramento de alma, nem terrores de remorsos. Olharam um Salvador crucificado; e viveram. Viram a necessidade da alma; viram a suficiência do Salvador e Seus reclamos; escutaram-Lhe a voz dizendo: "Segue-Me", e levantaram-se e O seguiram. Esta conversão foi genuína, e a vida religiosa foi tão resoluta quanto a de outros que sofreram toda a agonia de um processo violento. -- Carta 15a, 1890. Ev 288 1 Conversões não definidas nem metódicas -- Os homens que calculam exatamente como os cultos religiosos devam ser realizados, e são muito definidos e metódicos na difusão da luz e da graça que parece possuírem, simplesmente não possuem muito do Espírito Santo. ... Ev 288 2 Conquanto não possamos ver o Espírito de Deus, sabemos que os homens que estão mortos em ofensas e pecados ficam convencidos e convertidos sob Sua atuação. O irrefletido e desgarrado torna-se sério. O empedernido arrepende-se de seus pecados, e o incrédulo crê. O jogador, o bêbado, o licencioso, tornam-se ajuizados, sóbrios e puros. O rebelde e obstinado torna-se manso e semelhante a Cristo. Ao vermos essas modificações no caráter, podemos ter a certeza de que o poder divino de conversão transformou o homem todo. Não vimos o Espírito Santo, mas vimos a evidência de Sua obra no caráter transformado dos que haviam sido pecadores endurecidos e obstinados. Assim como o vento move com sua força as árvores altaneiras e derruba-as, também o Espírito Santo pode operar nos corações humanos, e nenhum homem finito pode restringir a obra de Deus. Ev 288 3 O Espírito de Deus Se manifesta de maneiras várias sobre homens diferentes: Um, sob o impulso dessa força tremerá perante a Palavra de Deus. Suas convicções serão tão profundas que um furacão e tumulto de sentimento parece agitar-lhe o coração, e todo o seu ser se prostra sob a força convincente da verdade. Quando o Senhor fala de perdão à alma arrependida, ela está cheia de ardor, cheia de amor a Deus, cheia de zelo e energia, e o espírito doador de vida que recebeu não pode ser impedido. Cristo é nele uma fonte que salta para a vida eterna. Seus sentimentos de amor são tão profundos e ardentes quanto eram a sua aflição e agonia. Sua alma é como a fonte do grande abismo, aberta, e ele verte sua ação de graça e louvor, sua gratidão e júbilo, até que as harpas celestiais são afinadas por notas de regozijo. Ele tem uma história para contar, mas não de maneira definida, comum, metódica. É uma alma resgatada pelos méritos de Jesus Cristo, e todo o seu ser se empolga com o reconhecimento da salvação operada por Deus. Ev 289 1 Outros são levados a Cristo de maneira mais suave. "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." Não podeis ver a instrumentalidade em ação, mas sim os seus efeitos. Ao dizer Nicodemos a Jesus: "Como pode ser isto?" Jesus lhe disse: "Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?" Um mestre de Israel, um dentre os sábios, alguém que se presumia capaz de compreender a ciência da religião, contudo tropeçando na doutrina da conversão! Não se dispunha a reconhecer a verdade, por não poder compreender tudo quanto estava ligado com a operação do poder de Deus, não obstante aceitou os fatos da Natureza embora não pudesse explicá-los nem compreendê-los. Como outros de todos os tempos, considerava as formas e cerimônias definidas como sendo mais essenciais para a religião, do que as atuações profundas do Espírito de Deus. -- The Review and Herald, 5 de Maio de 1896. Ev 289 2 A conversão conduz à obediência -- A conversão da alma humana não é de pequena conseqüência. É o maior milagre realizado pelo poder divino. Os resultados reais são alcançados ao crer em Cristo como Salvador pessoal. Purificados pela obediência à lei de Deus, santificados pela observância perfeita de Seu santo sábado, confiando, crendo, esperando pacientemente e operando diligentemente nossa própria salvação, com temor e tremor, aprenderemos que é Deus quem em nós opera, tanto o querer como o efetuar, segundo o Seu beneplácito. -- Manuscrito 6, 1900. Ev 290 1 A santificação somente por meio da prática da verdade -- Não deve o homem somente ler a Palavra de Deus, supondo que o conhecimento casual dessa Palavra produza nele uma reforma do caráter. Esta obra pode realizá-la tão-somente Aquele que é o caminho, a verdade e a vida. Certas doutrinas da verdade podem ser firmemente defendidas. Podem ser repetidas uma e outra vez, até que os seus detentores pensem que em realidade estão de posse das grandes bênçãos que estas doutrinas representam. Mas as maiores e mais poderosas verdades podem ser esposadas, e não obstante, serem mantidas no átrio exterior, onde pouca influência exercem para tornar robusta e fragrante a vida cotidiana. A alma não é santificada pela verdade que não é praticada. -- Carta 16, 1892. Ev 290 2 As doutrinas ou o nome no rol da igreja não substituem a conversão -- Todas as pessoas, quer de origem elevada quer humilde, se não estão convertidas, estão no mesmo pé de igualdade. Podem os homens volver-se de uma doutrina para outra. Isto está sendo feito e sê-lo-á. Podem os papistas abandonar o catolicismo pelo protestantismo; sem que, porém, nada saibam do significado das palavras: "Eu vos darei um coração novo." A aceitação de teorias novas, e a filiação a uma igreja, não produzem em pessoa nenhuma vida nova, embora a igreja a que se une assente sobre o alicerce verdadeiro. A ligação a uma igreja não substitui a conversão. A aceitação do credo de uma igreja não tem valor algum para quem quer que seja se o coração não estiver verdadeiramente transformado. ... Ev 291 1 Precisamos ter mais do que uma crença intelectual na verdade. Muitos dos judeus estavam convencidos de que Jesus era o Filho de Deus, mas eram orgulhosos e ambiciosos demais para render-se. Decidiram resistir à verdade, e mantiveram sua posição. Não receberam no coração a verdade tal qual é em Jesus. Quando a verdade é aceita como verdade unicamente pela consciência; quando o coração não é estimulado e tornado receptivo, apenas a mente é influenciada. Mas quando a verdade é recebida como verdade pelo coração, passou pela consciência e cativou a alma com seus princípios puros. É posta no coração pelo Espírito Santo que revela à mente sua formosura, para que sua força transformadora se manifeste no caráter. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1899. Ev 291 2 A conversão é resultado de esforço unido -- Na obra de resgatar as almas perdidas que perecem, não é o homem quem executa a tarefa de salvá-las; Deus é quem com ele trabalha. Tanto Deus como o homem atuam. "Sois coobreiros de Deus." Temos que trabalhar de diferentes maneiras e idear métodos vários, e permitir que Deus atue em nós para revelar a verdade e revelá-Lo a Ele como Salvador que perdoa o pecado. -- Carta 20, 1893. Ev 291 3 Auxílio ao pecador necessitado -- Instemos a tempo e fora de tempo, admoestando os jovens, intercedendo junto aos pecadores, manifestando o amor que Cristo teve para com eles. Ao brotar dos lábios do pecador: "Oh! os meus pecados, meus pecados; temo que sejam demasiado grandes para serem perdoados!" animai-lhes a fé. Exaltai a Jesus, mais e mais, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Ao ouvir-se o clamor: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", encaminhai a alma tremente ao refúgio de um Salvador que perdoa o pecado. -- Manuscrito 138, 1897. Ev 292 1 Os anjos rejubilam -- A conversão de almas a Deus é a obra mais grandiosa, a obra mais elevada em que os seres humanos podem empenhar-se. Na conversão das almas se revelam a tolerância de Deus, Seu amor incomensurável, Sua santidade e Seu poder. Toda verdadeira conversão O glorifica, e faz com que os anjos prorrompam em cânticos. "A misericórdia e a verdade se encontraram: a justiça e a paz se beijaram." -- Carta 121, 1902. Recolhei os interessados Ev 292 2 Muitos olham anelantes para o céu -- Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz, de graça, e do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos. -- Atos dos Apóstolos, 109 (1911). Ev 292 3 Ide em busca dos perdidos -- Ao nos empenharmos de todo o coração na obra, estamos estreitamente aliados com os anjos; somos coobreiros dos anjos e de Cristo; e há uma afinidade entre o Céu e nós, uma afinidade santa e elevada. Aproximamo-nos um pouco mais do Céu, um pouco mais das hostes angélicas, um pouco mais de Jesus. Empenhemo-nos, pois, nesta obra, com todas as nossas energias. Ev 292 4 Não vos canseis no trabalho. Deus nos ajudará. Os anjos nos ajudarão; porque esse é o seu trabalho, e precisamente o trabalho com que estão buscando inspirar-nos. ... Ev 292 5 Este é um trabalho em que tendes que empenhar-vos diligentemente; e ao encontrardes uma ovelha errante, chamai-a para o redil; e não a abandoneis sem que a vejais ali abrigada em segurança. Praza ao Céu que o Espírito que estava em nosso divino Senhor repouse sobre nós. Isto é o que precisamos. Diz-nos Ele: "Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." Saí em busca das ovelhas perdidas da casa de Israel. -- Manuscrito 3, 1877. Ev 293 1 Apoderai-vos de Cristo e atraí os homens -- Com uma mão devem os obreiros apoderar-se de Cristo, enquanto com a outra devem apanhar pecadores e atraí-los ao Salvador. -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1902. Ev 293 2 Tende fé e esperança, e atraí, sim, atraí almas para o banquete do evangelho. -- Carta 112, 1902. Ev 293 3 Talvez não os alcanceis mais -- É tanto nosso dever cuidar dos interesses posteriores de uma reunião campal, como é cuidar dos interesses presentes, porque da próxima vez que fordes, se eles ficaram impressionados e convencidos, e não cederam a essa convicção, é mais difícil fazer impressão sobre sua mente do que era antes, e não os podereis alcançar de novo. -- Manuscrito 19b, 1890. Ev 293 4 Difícil, agora, conseguir decisão -- Em nossos dias é coisa difícil levar os que professam crer na verdade, ao conhecimento experimental de seu poder vitalizador, santificante. Isto se tem experimentado em anos passados, mas a formalidade tem tomado o lugar do poder, e sua simplicidade se perdeu numa rotina de cerimônias. -- Manuscrito 104, 1898. Ev 293 5 Uma parábola -- colhendo o fruto a amadurecer -- Num sonho que me foi dado a 29 de Setembro de 1886, eu andava com um grande grupo que estava à procura de amoras silvestres. ... Assim passou o dia, e bem pouco se havia feito. Afinal eu disse: "Irmãos, vocês chamam a isso uma expedição malsucedida. Se essa é a maneira por que trabalham, não admiro sua falta de êxito. Seu sucesso ou fracasso, depende da maneira em que lançam mão da obra. Há frutas aqui; pois eu as encontrei. Alguns de vocês andaram procurando nos pés baixos, em vão; outros encontraram algumas; mas os arbustos grandes foram passados por alto, simplesmente porque não esperavam achar frutas aí. Vêem que as frutas que eu apanhei são grandes e maduras. Dentro em pouco outras amadurecerão, e podemos tornar a percorrer esses arbustos. Foi essa a maneira em que fui ensinada a apanhar frutas. Se vocês houvessem procurado perto do carro, teriam encontrado da mesma maneira que eu. ... Ev 294 1 O Senhor tem colocado esses arbustos frutíferos mesmo no meio desses lugares densamente povoados, e espera que os encontrem. Mas vocês têm estado todos muito ocupados em comer e divertir-se. Não vieram ao campo com a sincera decisão de encontrar frutas. ... Ev 294 2 Trabalhando na devida maneira, ensinarão aos obreiros mais jovens que coisas como comer e divertir-se são de menor importância. Foi difícil trazer o carro de provisões para o terreno, mas vocês pensaram mais nelas, do que nas frutas que deveriam levar para casa em resultado de seus labores. Devem ser diligentes, primeiro para apanhar as frutas que estão mais próximas de vocês, e depois procurar as que se encontram mais afastadas; em seguida poderão voltar e trabalhar perto outra vez, e assim serão bem-sucedidos. -- Obreiros Evangélicos, 136-139 (1886). Ev 294 3 Lutar com Deus em favor de almas -- Se tivermos o interesse que João Knox teve quando pleiteou perante Deus em favor da Escócia, teremos êxito. Ele clamou: "Dá-me a Escócia, Senhor, ou morro!" E se nos lançarmos à obra e lutarmos com Deus, dizendo: "Eu preciso conquistar almas; jamais desistirei da luta!", veremos que Deus considerará com favor nossos esforços. -- Manuscrito 14, 1887. Ev 295 1 Não forçar os resultados -- Quando um interesse está a ponto de consolidar-se, cuidai em não o levar muito repentinamente à decisão, mas conservai a confiança do povo, se possível, para que as almas que se acham no vale da decisão possam encontrar a verdadeira vereda, o caminho e a vida. -- Carta 7, 1885. Métodos de conseguir decisões Ev 295 2 Cristo falava diretamente a seus ouvintes -- Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma massa indistinta de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e respondente olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente de jubilosa simpatia. -- Educação, 231 (1903). Ev 295 3 Ele observava as mutações da fisionomia -- Jesus observava com profundo interesse as mutações na fisionomia dos ouvintes. Os rostos que exprimiam interesse e prazer, davam-Lhe grande satisfação. Ao penetrarem as setas da verdade na alma, rompendo as barreiras do egoísmo, e operando a contrição e finalmente o reconhecimento, o Salvador alegrava-Se. Quando Seus olhos percorriam a multidão dos ouvintes, e reconhecia entre eles os rostos que já vira anteriormente, Seu semblante iluminava-se de alegria. Via neles candidatos, em perspectiva, a súditos do Seu reino. Quando a verdade, dita com clareza, tocava algum acariciado ídolo, observava a mudança de fisionomia, o olhar frio, de repulsa, que mostrava não ser a luz bem-recebida. Quando via homens recusarem a mensagem de paz, isso Lhe traspassava o coração. -- O Desejado de Todas as Nações, 255 (1898). Ev 296 1 Pregar visando a decisão -- Cultivai o ardor e a positividade no dirigir-vos ao povo. Vosso assunto poderá ser excelente, e justamente aquilo de que o povo necessita, mas fareis bem em misturar certa positividade, juntamente com persuasivos rogos. ... Ev 296 2 Apresentai o claro "Assim diz o Senhor" com autoridade, e exaltai a sabedoria de Deus na Palavra escrita. Levai o povo à decisão; mantende sempre diante deles a voz da Bíblia. Dizei-lhes que falais aquilo de que tendes conhecimento, e testificais daquilo que é verdade, porque Deus o disse. Seja a vossa pregação breve e direta ao ponto, e depois, oportunamente, fazei o apelo quanto à decisão. Não apresenteis a verdade de maneira formal, mas seja o coração vivificado pelo Espírito de Deus, e sejam vossas palavras proferidas com tal certeza, que os que vos ouvem saibam que a verdade vos é uma realidade. -- Carta 8, 1895. Ev 296 3 Não erreis o alvo -- Não estimuleis a apresentação da Escritura de maneira alguma para incitar a vanglória naquele que abrir a Palavra a outros. A obra para o tempo atual é levar estudantes e obreiros ao ponto em que lidem com os assuntos de maneira séria, solene e clara, para que não haja tempo inutilmente empregado nesta grande obra. Não erreis o alvo. O tempo é demasiado breve para revelar tudo quanto devia ser manifestado; será preciso a eternidade para conhecer a extensão e a largura, a profundidade e a altura das Escrituras. Há verdades de mais importância para algumas almas, do que outras. É preciso habilidade para educar no terreno escriturístico. -- Manuscrito 153, 1898. Ev 296 4 Progresso constante -- Cumpre não pensar: "Bem, temos toda a verdade, compreendemos as principais colunas da nossa fé, e podemos descansar neste conhecimento." A verdade é progressiva, e precisamos andar em luz crescente. Ev 297 1 Um irmão perguntou: "Irmã White, a senhora acha que precisamos entender a verdade por nós mesmos? Por que não podemos tomar as verdades que outros reuniram, e crer nelas porque eles investigaram os assuntos, e assim estaremos livres para prosseguir, sem sobrecarregar as faculdades da mente na investigação de todos esses temas? A senhora não acha que esses homens que trouxeram à luz a verdade no passado foram inspirados por Deus?" Ev 297 2 Não ouso dizer que não fossem dirigidos por Deus, pois Cristo guia a toda verdade; mas no que diz respeito à inspiração no mais amplo sentido da palavra, eu digo: Não. ... Ev 297 3 Precisamos ter no coração fé viva, e esforçar-nos por maior conhecimento e mais avançada luz. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1890. Ev 297 4 Fazei um ataque ao inimigo -- Vivemos em tempo perigoso, e necessitamos daquela graça que nos tornará valorosos na luta, pondo em fuga os exércitos inimigos. Caro irmão, necessitais de mais fé, mais ousadia e decisão em vosso labor. Necessitais de mais impulso e menos timidez. ... Nosso combate tem de tomar a ofensiva. Vossos esforços são demasiado brandos; precisais mais força em vossos trabalhos, do contrário ficareis decepcionado com os resultados. Ocasiões há em que deveis fazer um ataque ao inimigo. Precisais estudar métodos e modos de vos aproximardes do povo. Ide diretamente a eles e com eles falai. ... Fazei com que o povo compreenda que tendes uma mensagem que significa vida, vida eterna para eles, caso a aceitem. Se qualquer assunto deve entusiasmar a alma, esse é a proclamação da última mensagem de misericórdia a um mundo agonizante, mas se rejeitarem esta mensagem ela lhes será um cheiro de morte para morte. Há, portanto, necessidade de trabalhar diligentemente, para que vosso trabalho não seja vão. Oh, se o compreendêsseis e insistísseis com a verdade junto à consciência no poder de Deus! Ponde vigor em vossas palavras e fazei com que a verdade pareça essencial a sua mente educada. -- Carta 8, 1895. Ev 298 1 É necessário tomar a ofensiva -- É preciso haver cautela; mas ao passo que alguns obreiros são precavidos e se apressam lentamente, se não houver ao seu lado na obra os que vêem a necessidade de tomar a ofensiva, muito se perderá; passarão as oportunidades, e a porta aberta pela providência de Deus não será percebida. Ev 298 2 Quando pessoas que se acham sob convicção não são levadas a decidir-se o mais cedo possível, há risco de que essa convicção se desvaneça pouco a pouco. ... Ev 298 3 Freqüentemente, quando uma congregação se acha mesmo no ponto em que o coração está preparado para a questão do sábado, esta é retardada por temor das conseqüências. Isto se tem feito, e não têm sido bons os resultados. Deus nos tem feito depositários da verdade sagrada; temos uma mensagem, uma mensagem salvadora, que nos é ordenado dar ao mundo, a qual se acha repleta de resultados eternos. A nós, como um povo, foi confiada luz que deve iluminar o mundo. -- Carta 31, 1892. Ev 298 4 O poder do Espírito para a vitória -- Falai às almas em perigo, e levai-as a contemplar a Jesus crucificado, morrendo a fim de tornar possível a Si mesmo o perdoar. Falai ao pecador tendo o próprio coração transbordante do terno e compassivo amor de Cristo. Haja profundo zelo, porém nenhuma nota áspera, elevada, se deve ouvir na voz de uma pessoa que está procurando atrair a alma a olhar e viver. Consagre-se primeiramente vossa própria alma a Deus. Ao olhardes a nosso Intercessor no Céu, seja quebrantado vosso próprio coração. Então, abrandado e submisso, podeis dirigir-vos aos pecadores arrependidos como alguém que compreende o poder do amor redentor. Orai com essas almas, depondo-as, pela fé, aos pés da cruz, erguei-lhes o espírito, juntamente com o vosso, e fixai-lhes os olhos da fé no ponto que fitais -- em Jesus, o Portador dos pecados. Induzi-os a desviar a vista do próprio eu pecaminoso para o Salvador, e está ganha a vitória. ... Ev 299 1 A operação interior do Espírito Santo, eis nossa grande necessidade. O Espírito é todo divino em Sua ação e demonstração. Deus quer que tenhais a graciosa dotação espiritual; então trabalhareis com um poder de que antes nunca vos sentistes conscientes. O amor e a fé e a esperança estarão sempre presentes. Podeis sair com fé, crendo que o Espírito Santo vos acompanha. -- Carta 77, 1895. Ev 299 2 O Espírito Santo torna a verdade impressiva -- É o Espírito Santo que torna a verdade impressiva. Mantém a verdade prática sempre diante do povo. -- Testimonies for the Church 6:57 (1900). Ev 299 3 A decisão é influenciada por nossas palavras e conduta -- Quando vi esta congregação ontem, pensei: As decisões devem ser tomadas depois desta reunião, e durante a mesma. Haverá alguns que se colocarão para sempre sob a bandeira negra dos poderes das trevas; haverá alguns que se hão de pôr sob a bandeira ensanguentada do Príncipe Emanuel. Nossas palavras, nossa conduta, a maneira por que apresentamos a verdade, podem fazer pender o espírito a favor ou contra a verdade; e queremos que em todo discurso, seja ou não doutrinário, Jesus Cristo seja apresentado distintamente, como João declarou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Ev 299 4 Toda expressão, povo e ministros, que vos tendes habituado a usar e que seja aguda, ou cortante, todo costume de atirar ao povo as mais fortes proposições, para cuja recepção não se acham mais preparados que uma criancinha para receber comida forte, devem ser postos de lado. Importa orientar as pessoas: Cristo precisa ser entretecido em tudo quanto é argumentativo assim como a urdidura e a trama do vestuário. Cristo, Cristo, Cristo deve estar em toda parte, e meu coração sente a necessidade dEle como, parece-me, nunca senti tão intensamente. Ev 300 1 Eis aqui um povo ignorante; nada sabe acerca da verdade; foram instruídos pelos ministros quanto a ser isto assim, e aquilo assim. Quando a Palavra de Deus é exposta ao povo, quando é apresentada em sua pureza e eles vêem o que ela diz, que vão eles fazer? Bem poucos há que tomem sua decisão baseados nessa Palavra. Digo-vos, porém: sede bastante cuidadosos quanto à maneira por que manuseais a Palavra, pois esta Palavra há de produzir as decisões do povo. Que corte a Palavra, não as vossas palavras. Mas quando eles se decidirem qual será essa decisão? -- Manuscrito 42, 1894. Ev 300 2 Uma colheita adiada -- Os sacerdotes estavam convencidos do divino poder do Salvador. ... Foram tocados muitos corações que, por algum tempo, não deram disso sinal. Durante a vida do Salvador, Sua missão parecia despertar pouca correspondência de amor da parte dos sacerdotes e mestres; depois de Sua ascensão, porém, "grande parte dos sacerdotes obedecia a fé". -- O Desejado de Todas as Nações, 266 (1898). Ev 300 3 Pôr os ouvintes em disposição simpática -- Por que era que Cristo ia para beira-mar, e as montanhas? Ele devia dar ao povo a palavra da vida. Eles não viam isto já naquele momento. Bom número não o vê agora, para tomar sua decisão, porém estas coisas estão-lhes influenciando a vida; e quando a mensagem se fizer ouvir com grande voz, estarão preparados para ela. Não hesitarão por mais tempo, adiantar-se-ão, e tomarão sua atitude. -- Manuscrito 19b, 1890. Enfrentar o preconceito e a oposição Ev 301 1 Oposição -- Os que introduzem o fermento da verdade na massa das falsas teorias e doutrinas, podem esperar oposição. As baterias de Satanás estarão assestadas contra os que advogam a verdade, e os porta-estandartes devem esperar enfrentar muitas zombarias e muita injúria dura de suportar. -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1902. Ev 301 2 A reforma cria a oposição -- Jesus e Seus discípulos estavam rodeados de hipocrisia, orgulho, preconceito, incredulidade e ódio. Os homens estavam cheios de falsas doutrinas, e coisa alguma a não ser o esforço unido, persistente, poderia ser secundado de qualquer medida de êxito; mas a grande obra de salvar almas não podia ser posta de lado por haver dificuldades a transpor. Está escrito acerca do Filho de Deus, que Ele não "faltará nem será quebrantado". Ev 301 3 Há diante de nós uma grande obra. A obra que ocupa o interesse e a atividade do Céu é confiada à igreja de Cristo. Jesus disse: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." A obra para nosso tempo é acompanhada das mesmas dificuldades que Jesus teve de enfrentar, e que os reformadores de todos os séculos têm tido de vencer; e precisamos assentar nossa vontade ao lado de Cristo, marchando avante com firme confiança em Deus. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. Ev 302 1 O preconceito rejeita a luz -- Há no coração humano, algo que se opõe à verdade e à justiça. ... O miraculoso poder de Cristo evidenciava ser Ele o Filho de Deus. Foi dada nas cidades de Judá esmagadora demonstração da divindade e missão de Cristo. ... Duro, porém, é o preconceito para se lidar com ele, mesmo que seja Aquele que é Luz e Verdade, e o preconceito que enchia o coração dos judeus não lhes permitiria aceitar a prova dada. Desdenhosamente rejeitaram as reivindicações de Cristo. -- Manuscrito 104, 1898. Ev 302 2 Apegar-se à afirmativa é o melhor caminho -- Muitas vezes, ao buscardes apresentar a verdade, suscitar-se-á a oposição; se procurardes, todavia, enfrentar a oposição com argumentos, não conseguireis senão multiplicá-la, o que não vos podeis permitir. Apegai-vos à afirmativa. Anjos de Deus vos observam, e eles compreendem como é possível impressionar aqueles cuja oposição vos recusais a enfrentar com argumentação. Não vos demoreis nos pontos negativos das perguntas que surjam, mas reuni na mente verdades afirmativas, fixando-as mediante muito estudo, fervorosa oração e consagração sincera. Mantende espevitadas e ardendo as vossas lâmpadas, deixando-as espargir brilhantes raios para que os homens, vendo as vossas boas obras, sejam levados a glorificar vosso Pai que está nos Céus. Ev 302 3 Caso Cristo Se não houvesse apegado à afirmativa no deserto da tentação, teria perdido tudo quanto queria ganhar. A maneira de Cristo é a melhor para enfrentar nossos adversários. Avigoramos-lhes os argumentos, quando repetimos o que eles dizem. Ficai sempre na afirmativa. Talvez a própria pessoa que se vos está opondo leve a sério vossas palavras, e se converta à judiciosa verdade que lhe alcançou o entendimento. Ev 302 4 Tenho muitas vezes dito a nossos irmãos: Vossos oponentes farão falsas declarações quanto à vossa obra. Não lhes repitais as declarações, mas apegai-vos às vossas próprias afirmativas da verdade viva; e anjos de Deus vos abrirão o caminho. Temos uma grande obra a levar avante, e cumpre-nos fazê-lo de maneira judiciosa. Não nos excitemos nunca, nem permitamos que surjam sentimentos maus. Cristo não fazia isto, e Ele é nosso exemplo em tudo. Precisamos para a obra que nos é dada, muito mais da sabedoria celeste, santificada, humilde, e muito menos do próprio eu. Importa que nos apeguemos firmemente ao poder divino. -- Testimonies for the Church 9:147, 148 (1909). Ev 303 1 Quando em face à oposição, guardai a língua -- Quando em face à oposição estais em risco de retribuir na mesma moeda, por maneira incisiva e combativa, caso não estejais constantemente abrandados e subjugados pela contemplação de Cristo, e o coração esteja disposto a orar: "Sê Tu meu modelo." Olhando de contínuo a Jesus, apoderando-vos de Seu espírito, estareis habilitados a apresentar a verdade como é em Jesus. ... Ev 303 2 O amor, eis o que deve ser o elemento predominante em todo o nosso trabalho. Na apresentação a outros que não crêem como nós, todo o que fala se deve precaver contra o fazer declarações que pareçam severas e como juízos. Apresentai a verdade, e deixai que ela, o Espírito Santo de Deus, atue como um reprovador, um juiz; não magoem, porém, nem firam as vossas palavras. ... Ev 303 3 Não seja proferida nenhuma palavra de molde a ferir. Que toda fala cortante que vos sentis dispostos a fazer seja guardada para vós mesmos. Sede firmes como aço aos princípios, prudentes como a serpente, mas simples como a pomba. Se vossas palavras não hão de ferir a ninguém, tereis de proferir unicamente palavras de que estejais certos que não sejam ásperas, nem frias, nem severas. ... De todas as pessoas do mundo, devem os reformadores ser as mais abnegadas, as mais bondosas, mais corteses; pessoas que aprendem as maneiras, as palavras e as obras de Cristo. -- Carta 11, 1894. Ev 304 1 O espírito de controvérsia -- Não cultiveis um espírito de controvérsia ou polêmica. Pouco bem é realizado pelos discursos acusatórios. O mais seguro meio de destruir falsas doutrinas, é pregar a verdade. Apegai-vos à afirmativa. Fazei com que as preciosas verdades do evangelho matem a força do mal. Manifestai um espírito brando, compassivo para com os que erram. Ponde-vos em contato com os corações. -- Carta 190, 1902. Ev 304 2 O sarcasmo é ofensivo -- Quando, em vossos discursos, denunciais com acerbo sarcasmo aquilo que desejais condenar, ofendeis por vezes os ouvintes, e seus ouvidos se desviam de vós. Evitai cuidadosamente qualquer severidade de linguagem que possa escandalizar os que desejais salvar do erro; pois será difícil vencer os sentimentos antagônicos assim despertados. ... Ev 304 3 Caso extirpeis o joio de vossos discursos, crescerá vossa influência para o bem. -- Carta 366, 1906. Ev 304 4 Não atrair a perseguição -- Conservem todos em mente que não devemos de modo algum atrair a perseguição. Não devemos empregar palavras ásperas e cortantes. Evitai-as em todos os artigos escritos, afastai-as de todo discurso feito. Seja a Palavra de Deus que corte, que repreenda; que homens finitos se escondam e permaneçam em Jesus Cristo. Apareça o Espírito de Cristo. Guardem-se todos em suas palavras, não venham a pôr os que não são de nossa fé em mortal oposição a nós, e dêem a Satanás ensejo de servir-se das palavras desavisadas para barrar-nos o caminho. ... Ev 304 5 Todos necessitamos mais do profundo amor de Jesus na alma, e incomparavelmente menos da natural impetuosidade. Estamos em perigo de impedir nosso próprio caminho por suscitar o decidido espírito de oposição em homens de autoridade antes que o povo seja realmente esclarecido quanto à mensagem que Deus quer que demos. Deus não Se agrada de que, por nossa própria maneira de agir, obstruamos o caminho, de modo que a verdade seja impedida de chegar ao povo. -- Manuscrito 95, 1894. Ev 305 1 A oposição anuncia a verdade -- Satanás é fértil em inventar ardis para encobrir a verdade. Eu vos rogo que creiais nas palavras que hoje vos digo. A verdade de origem celeste está se defrontando com as falsidades de Satanás, e essa verdade prevalecerá. ... A oposição e a resistência servem apenas para salientar a verdade em novos e distintos aspectos. Quanto mais falarem mal da verdade, tanto mais ela brilhará. Assim é polido o precioso ouro. Toda palavra de calúnia contra ela proferida, toda falsa representação de seu valor, desperta a atenção, e é um meio de levar a mais atenta investigação quanto ao que seja a verdade salvadora. Esta se torna mais altamente estimada. De cada ponto de vista, revela-se nova beleza e maior valor. -- Manuscrito 8a, 1888. Ev 305 2 Tratar respeitosamente os oponentes -- Devemos esperar enfrentar a incredulidade e a oposição. A verdade sempre tem tido de contender com esses elementos. Mas embora se vos defronte a mais ferrenha oposição, não acuseis vossos oponentes. Talvez eles pensem, como aconteceu com Paulo, que estão fazendo o serviço de Deus; e para com eles devemos manifestar paciência, mansidão e longanimidade. ... Ev 305 3 O Senhor quer que Seu povo siga outros métodos que não os de condenar o erro, ainda que essa condenação seja justa. Quer que façamos algo mais do que lançar a nossos adversários acusações que só servem para os afastar mais da verdade. A obra que Cristo veio realizar em nosso mundo, não foi a de erguer barreiras, e atirar constantemente sobre o povo o fato de estarem errados. Aquele que espera esclarecer um povo ludibriado, precisa aproximar-se dele e por ele trabalhar com amor. Essa pessoa se deve tornar um centro de santa influência. Ev 306 1 Na defesa da verdade, os mais acerbos oponentes devem ser tratados com respeito e deferência. Alguns não corresponderão aos nossos esforços, mas menosprezarão o convite evangélico. Outros, mesmo os que julgamos haverem ultrapassado os limites da misericórdia de Deus, serão ganhos para Cristo. A última obra a ser feita no conflito talvez seja o esclarecimento daqueles que não rejeitaram a luz e a evidência, mas que se achavam em densas trevas e que, por ignorância, trabalharam contra a verdade. Tratai portanto todo homem como sendo sincero. Não profirais palavra nem pratiqueis nenhum ato que confirme alguém na incredulidade. -- Testimonies for the Church 6:120-122 (1900). Ev 306 2 Ajudai em toda emergência -- Todo instrutor da verdade, todo cooperador de Deus, passará por horas probantes, e de grande preocupação em que a fé e a paciência serão severamente provadas. Tendes de ser preparados, pela graça de Cristo, a avançar, embora impossibilidades aparentes obstruam o caminho. Tendes auxílio bem presente em todo tempo de emergência. O Senhor permite que enfrenteis obstáculos, para que O busqueis, a Ele que é vossa força e suficiência. Orai mui fervorosamente pela sabedoria que vem de Deus; Ele abrirá o caminho diante de vós, e dar-vos-á preciosas vitórias, uma vez que andeis humildemente diante dEle. -- Special Testimonies, Série A, 7:18 (1874). O batismo e a filiação à igreja Ev 306 3 O batismo, um requisito na conversão -- O arrependimento, a fé, e o batismo, são requisitos como passos na conversão. -- Carta 174, 1909. Ev 306 4 Firme decisão para o batismo -- As almas sob convicção da verdade precisam ser visitadas e que se trabalhe com elas. Os pecadores necessitam de especial trabalho em seu favor, para que se convertam e batizem. -- Manuscrito 17, 1908. Ev 307 1 Sinal de entrada para o reino -- Fazendo do batismo o sinal de entrada para o Seu reino espiritual, Cristo o estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Antes que o homem possa obter abrigo na igreja, antes de transpor mesmo o limiar do reino espiritual de Deus, deve receber a impressão do nome divino: "O Senhor Justiça Nossa." Jeremias 23:6. Ev 307 2 Simboliza o batismo soleníssima renúncia do mundo. Os que ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renunciaram o serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do celeste Rei. Obedeceram ao preceito que diz: "Saí do meio deles, apartai-vos... e não toqueis nada imundo." Cumpriu-se em relação a eles a promessa divina: "E Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:17, 18. -- Testemunhos Selectos 2:389 (1900). Ev 307 3 O compromisso cristão de aliança -- Ao se submeterem os cristãos ao solene rito do batismo, Ele registra o voto feito por eles de Lhe serem fiéis. Esse voto é seu compromisso de aliança. Eles são batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Acham-se assim unidos aos três grandes poderes do Céu. Comprometem-se a renunciar ao mundo e a observar as leis do reino de Deus. Devem, portanto, andar em novidade de vida. Não mais devem eles seguir as tradições dos homens. Não mais devem seguir métodos desonestos. Cumpre-lhes obedecer aos estatutos do reino do Céu. Devem buscar a honra de Deus. Caso sejam fiéis a seu voto, ser-lhes-ão proporcionados graça e poder que os habilitarão a cumprir toda a justiça. "Mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." -- Carta 129, 1903. Ev 308 1 Inteira conversão à verdade -- O preparo para o batismo é um assunto que deve ser cuidadosamente estudado. Os novos conversos à verdade devem ser fielmente instruídos no positivo "Assim diz o Senhor". A Palavra de Deus deve-lhes ser lida e explicada ponto por ponto. Ev 308 2 Todos quantos entram na nova vida, devem compreender anteriormente a seu batismo, que o Senhor requer afeições não divididas. ... A prática da verdade é essencial. A produção de frutos testifica do caráter da árvore. Uma boa árvore não pode dar maus frutos. A linha de demarcação será clara e distinta entre os que amam a Deus e guardam Seus mandamentos, e os que não O amam e Lhe desrespeitam os preceitos. Há necessidade de uma inteira conversão à verdade. -- Manuscrito 56, 1900. Ev 308 3 Aceitos quando compreenderem bem sua situação -- A prova do discipulado não é exercida tão intimamente como devia ser sobre os que se apresentam para o batismo. ... Ao darem evidência de que compreendem plenamente sua posição, devem ser aceitos. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 128 (1897). Ev 308 4 Cabal preparo para o batismo -- Mais cuidadoso preparo dos que se apresentam candidatos ao batismo, é o que se faz mister. Têm necessidade de mais conscienciosa instrução do que em geral recebem. Os princípios da vida cristã devem ser claramente explicados aos recém-convertidos. Não se pode confiar na sua mera profissão de fé como prova de que experimentaram o contato salvador de Cristo. Importa não só dizer "creio" mas também praticar a verdade. É pela nossa conformidade com a vontade divina em nossas palavras, atos e caráter, que provamos nossa comunhão com Ele. Quando quer que alguém renuncie o pecado, que é a transgressão da lei, sua vida é posta em harmonia com essa lei, caracterizando-se por perfeita obediência à mesma. Esta é a obra do Espírito Santo. A luz obtida pelo exame cuidadoso da Palavra de Deus, a voz da consciência e as operações do Espírito, produzem no coração o genuíno amor de Cristo, o qual Se deu a Si mesmo em sacrifício perfeito para salvar o homem todo -- o corpo, a alma e o espírito. Esse amor se manifesta na obediência. -- Testemunhos Selectos 2:389, 390 (1900). Ev 309 1 O batismo de crianças -- Os pais cujos filhos desejam batizar-se têm uma obra a fazer, já examinando-se a si próprios, já instruindo conscienciosamente os filhos. O batismo é um rito muito importante e sagrado, e importa compreender bem o seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver nenhuma precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem. Consentindo no batismo dos filhos, os pais contraem em relação a eles a responsabilidade sagrada de despenseiros, para guiá-los na formação do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não desonrem a fé que professam. Ev 309 2 A instrução religiosa deve ser ministrada aos filhos desde a mais tenra infância; não num espírito de condenação, mas alegre e bondoso. As mães devem vigiar constantemente, para que a tentação não sobrevenha aos filhos de modo a não ser por eles reconhecida. Os pais devem proteger os filhos por meio de instruções sábias e valiosas. Como os melhores amigos desses seres inexperientes, devem ajudá-los a vencer a tentação, porque ser vitoriosos é quase sempre a sua sincera ambição. Devem considerar que os filhinhos, que procuram proceder bem, são os membros mais novos da família do Senhor, sendo o seu dever ajudá-los com profundo interesse a dar passos firmes na vereda da obediência. Com carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a render-se em obediência a Ele. Ensinai-lhes que obediência a Deus implica obediência aos pais. Esse deve ser o vosso empenho de cada dia e de cada hora. Pais, vigiai; vigiai e orai, e fazei dos filhos os vossos companheiros. Ev 310 1 E quando enfim raiar a época mais feliz de sua existência, e, amando de coração a Jesus, desejarem ser batizados, procedei com reflexão. Antes de os fazer batizar, perguntai-lhes se o principal propósito de sua vida é servir a Deus. Ensinai-lhes então como devem começar; muito depende dessa primeira lição. Mostrai-lhes com simplicidade como prestar o primeiro serviço a Deus. Tornai essa lição tão compreensível quanto possível. Explicai-lhes o que significa entregar-se a si mesmos ao Senhor e, ajudados pelos conselhos dos pais, proceder como manda Sua Palavra. Ev 310 2 Depois de feito quanto em vós cabe, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, deixai que se batizem. Mas, repito, disponde-vos de antemão a agir como pastores fiéis em guiar-lhes os inexperientes pés no caminho estreito da obediência. Deus tem de operar nos pais para que possam dar aos filhos bom exemplo em relação ao amor, à cortesia, humildade cristã e inteira devoção a Cristo. Se, porém, consentirdes em que os filhos sejam batizados e depois lhes permitirdes proceder como lhes apraz, não sentindo nenhuma obrigação de guiá-los pelo caminho estreito, sereis vós mesmos responsáveis pelo fracasso de sua fé, ânimo e interesse pela verdade. -- Idem, 2:391-393 (1900). Ev 311 1 Preparar os jovens para o batismo -- Os batizandos adultos devem compreender melhor do que os de menor idade os seus deveres; mas o pastor tem obrigações em relação a eles. Talvez cultivem maus hábitos e práticas, cumprindo por isso ao pastor realizar com eles reuniões especiais. Estudai com eles a Bíblia, falai e orai com eles, mostrando-lhes claramente o que o Senhor deles requer. Lede-lhes o que diz a Bíblia com respeito à conversão. Mostrai-lhes o que seja o fruto da conversão, a prova de que amam deveras a Deus. Explicai-lhes que a legítima conversão se manifesta numa mudança do coração, pensamentos e intenções, pela renúncia de maus costumes, mexericos, ciúme e desobediência. Uma luta tem de ser travada contra cada mau traço de caráter; e então o crente poderá prevalecer-se da promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á." Mateus 7:7. -- Idem, 2:392, 393 (1900). Ev 311 2 O exame dos candidatos -- Os candidatos ao batismo não têm sido tão escrupulosamente examinados em relação ao seu discipulado quanto o deviam ser. Importa saber se meramente adotam o nome de "Adventistas do Sétimo Dia" ou se realmente se colocaram ao lado do Senhor, renunciando o mundo e estando dispostos a não tocar nada imundo. Antes do batismo devem ser-lhes feitas perguntas relativamente às suas experiências, porém, não de modo frio e reservado, e sim com mansidão e bondade, encaminhando-se os recém-convertidos para o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. As exigências do evangelho devem ser estudadas a fundo com os batizandos. Ev 312 1 Um ponto sobre o qual cumpre instruir os que abraçam a fé é o vestuário -- assunto que deve ser cuidadosamente considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa? Acariciam o orgulho de coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos a submissão às exigências do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário. Ev 312 2 Cumpre não haver nenhum desleixo. Por amor de Cristo, cujas testemunhas somos, devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isto nos ensinou que tem suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram por Ele dadas em relação à roupa de Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se a todos os respeitos pelo asseio, modéstia e pureza. O que, porém, a Palavra de Deus não aprova são as mudanças no vestuário pelo mero amor da moda -- a fim de nos conformarmos ao mundo. Os cristãos não devem enfeitar o corpo com vestidos custosos e adornos preciosos. Ev 312 3 As palavras das Escrituras Sagradas, referentes a vestidos, devem ser bem meditadas. Importa compreender o que seja agradável ao Senhor até em matéria de vestuário. Todos os que sinceramente buscam a graça de Cristo, hão de atender a essas preciosas instruções da Palavra divinamente inspirada. O próprio feitio da roupa há de comprovar a veracidade do evangelho. Ev 313 1 Todos os que estudam a vida de Cristo e praticam os Seus ensinos se hão de tornar semelhantes a Ele. Sua influência será idêntica à Sua, revelando santidade de caráter. Palmilhando a vereda humilde da obediência, pela submissão à vontade de Deus, exercerão uma influência que atestará o progresso de Sua obra e a saudável pureza da mesma. Nessas almas perfeitamente convertidas, o mundo terá um testemunho do poder santificador da verdade sobre o caráter humano. Ev 313 2 O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, manifestado pelo caráter, é muito mais de estimar do que tudo que existe no Céu e na Terra. Representa a mais elevada educação, sendo a chave que nos abre as portas do Céu. Deus quer que esse conhecimento seja o atributo de todos os que se revestirem de Cristo pelo batismo. É o dever dos servos de Deus representar a essas almas o privilégio de sua alta vocação em Cristo Jesus. -- Idem, 2:393-395 (1900). Ev 313 3 Julgados pelo fruto da vida -- Uma coisa há que não temos o direito de fazer, e isto é julgar o coração de outro, ou impugnar-lhe os motivos. Quando, porém, uma pessoa se apresenta como candidato a membro da igreja, cumpre-nos examinar o fruto de sua vida, e deixar com ela própria a responsabilidade de seus motivos. Grande cuidado, todavia deve ser exercido no aceitar membros para a igreja; pois Satanás tem seus especiais ardis, pelos quais se propõe encher a igreja de falsos irmãos, por meio de quem ele poderá agir com mais êxito para enfraquecer a causa de Deus. -- The Review and Herald, 10 de Janeiro de 1893. Ev 313 4 Ministração da ordenança -- Sempre que seja possível deve ministrar-se o batismo num tanque limpo ou em água corrente. Dê-se ao ato toda a importância e solenidade que ele comporta. Essa cerimônia é sempre assinalada pela presença de anjos de Deus. Ev 314 1 A pessoa encarregada de ministrar o batismo deve esforçar-se por celebrar o ato de modo a exercer este uma influência solene e sagrada sobre todos os espectadores. Cada rito da igreja deve ser executado dessa forma. Nada deve receber um feitio vulgar ou insignificante, ou ser reduzido ao nível das coisas triviais. Nossas igrejas necessitam ser educadas para maior respeito e reverência pelo culto divino. Conforme o ministro dirige os serviços relacionados com o culto divino, assim estará ele educando e preparando o povo. Pequeninos atos que educam, preparam e disciplinam a alma para a eternidade, são de vastas conseqüências na edificação e santificação da igreja. Ev 314 2 Cada igreja deve estar provida de roupas apropriadas para o batismo, nunca considerando isto como despesa inútil. Isto faz parte da obediência devida ao preceito que diz: "Faça-se tudo decentemente e com ordem." 1 Coríntios 14:40. Ev 314 3 Não convém que uma igreja se limite a tomar emprestadas essas roupas de alguma outra. Muitas vezes, quando tiver necessidade delas, não poderá obtê-las; por outro lado tem havido certa negligência na restituição dessas roupas. Cada igreja deve, pois, prover as suas próprias necessidades no tocante a isso. Crie-se um fundo para esse fim. Se toda a igreja concorrer para o mesmo, não será um encargo pesado. Ev 314 4 As roupas de batismo devem ser feitas de um tecido encorpado, de cor escura que não desbote com a água, convindo pôr peso na barra. É importante que assentem bem e sejam feitas segundo um molde aprovado. Não devem levar ornamento, nem rendas, nem enfeites. Qualquer exibição, seja de bordado ou qualquer outro enfeite, será descabida. Quando o candidato tem uma compreensão exata do que significa esse ato, não experimentará nenhum desejo de cobrir-se de adornos. Contudo, devemos evitar usar coisas desgraciosas e de mau gosto, pois isto seria uma ofensa a Deus. Tudo que de algum modo se relaciona com esse rito sagrado deve revelar cuidadoso preparo. -- Testemunhos Selectos 2:395, 396 (1900). Ev 315 1 Um impressivo serviço batismal -- Os esforços desenvolvidos em Oakland deram fruto na salvação de preciosas almas. No domingo de manhã, dia 16 de Dezembro, assisti a um serviço batismal em Piedmont Baths. Trinta e dois candidatos foram sepultados com seu Senhor no batismo, erguendo-se para andar em novidade de vida. Foi uma cena que os anjos de Deus testemunharam com alegria. ... Todo o serviço foi impressivo. Não houve confusão, e cantou-se de quando em quando a estrofe de um hino de louvor. -- Manuscrito 105, 1906. Ev 315 2 Batismo de emergência -- Far-se-ão arranjos para satisfazer o pedido do homem de idade quanto ao batismo. Ele não é suficientemente forte para ir a _____ ou a _____, e a única maneira pela qual a cerimônia pode ser realizada é arranjar uma banheira, e fazê-lo entrar na água. -- Carta 126, 1901. Ev 315 3 O poder mantenedor de Deus -- Depois de a alma crente haver recebido a ordenança do batismo, deve ter em mente que está consagrada a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo. ... Ev 315 4 Todos quantos estudam a vida de Cristo e Lhe praticam os ensinos, tornar-se-ão semelhantes a Ele. Sua influência será como a de Cristo. Manifestarão pureza de caráter. Acham-se estabelecidos na fé, e não serão vencidos pelo diabo em virtude de vaidade e orgulho. Procuram trilhar a humilde vereda da obediência, fazendo a vontade de Deus. Seu caráter exerce uma influência que favorece o avanço da causa de Deus e a sadia pureza de Sua obra. ... Ev 316 1 Nessas almas inteiramente convertidas, tem o mundo um testemunho do poder santificador da verdade sobre o caráter humano. Por intermédio delas Cristo dá a conhecer ao mundo o Seu caráter e a Sua vontade. Revela-se na vida dos filhos de Deus a bem-aventurança de servir ao Senhor, e o oposto se vê nos que não Lhe guardam os mandamentos. A linha de demarcação é distinta. Todos quantos obedecem aos mandamentos de Deus são guardados por Seu forte poder em meio da corruptora influência dos transgressores de Sua lei. Desde os mais humildes súditos aos mais elevados em posição de confiança, são eles guardados pelo poder de Deus mediante a fé para a salvação. -- Manuscrito 56, 1900. Ev 316 2 Consagrado a Deus -- O crente deve lembrar-se de que daí por diante está consagrado a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo. Todos os negócios deste mundo entram para segundo plano nesta sua nova posição. Publicamente confessa não querer continuar mais uma vida de vaidade e satisfação própria. Sua conduta deve deixar de ser descuidosa e indiferente. Contraiu aliança com Deus, e está morto para o mundo. Deve viver agora para o Senhor, dedicar-Lhe todas as faculdades de que dispõe, e não esquece-se de que traz o sinal de Deus, de que é súdito do reino de Cristo e participante de Sua natureza divina. Cumpre-lhe entregar a Deus tudo quanto é e possui, usando todos os seus dons para glória de Seu nome. Ev 316 3 São recíprocos os compromissos assumidos pela aliança espiritual que celebramos mediante o batismo. O homem, cumprindo sua parte numa obediência tributada de coração, tem o direito de orar: "Ó Senhor, ... manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel." O fato de que fomos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é uma garantia de que essas potências nos assistirão em todos os nossos apertos, quando quer que Os invoquemos. O Senhor ouvirá as orações de Seus fiéis seguidores que levam o jugo de Cristo e com Ele aprendem a mansidão e humildade. -- Testemunhos Selectos 2:396, 397 (1900). Ev 317 1 A responsabilidade da igreja quanto aos novos conversos -- Cristãos fiéis devem ter grande interesse em comunicar às almas convictas o conhecimento perfeito da justiça em Cristo. Se entre algumas delas prevalece o desejo de agradar a si próprias, os crentes sinceros devem vigiar sobre essas almas como os que devem dar conta delas. Não devem negligenciar o cuidado que lhes incumbe de instruir com fidelidade, ternura e carinho aos recém-convertidos, para que a boa obra não fique pela metade. A primeira experiência de tais pessoas deve ser legítima. Ev 317 2 Satanás tem empenho em que ninguém reconheça a necessidade de se entregar completamente a Deus. Quando, porém, a alma não faz esta entrega de si mesma, o pecado não é renunciado; os apetites e paixões entram a disputar a primazia; tentações várias confundem a consciência, e não tem lugar a conversão legítima. Se todos soubessem avaliar o conflito que cada alma tem de sustentar com os instrumentos satânicos que a buscam enredar, seduzir e iludir, um trabalho mais diligente se faria notar a favor dos que são novos na fé. Ev 317 3 Essas almas, abandonadas a si mesmas, são muitas vezes tentadas, não conseguindo discernir a malignidade da tentação que as assalta. Dai-lhes a perceber que é seu privilégio solicitar vosso conselho. Que procurem a companhia dos que lhes podem ser úteis. Comunicando com os que amam e temem a Deus, serão fortalecidas. Ev 317 4 As nossas conversações com essas pessoas devem ser espirituais e de caráter animador. O Senhor avalia os embaraços de cada alma fraca, hesitante e que luta consigo própria, e está pronto a socorrer a qualquer que se chegar a Ele. Seus olhos poderão ver o Céu aberto e anjos de Deus descendo e subindo a escada luminosa que tentam galgar. -- Idem, 2:390, 391 (1900). Ev 318 1 Filiação à igreja -- Muito íntima e sagrada é a relação entre Cristo e Sua Igreja: Ele é o noivo e a igreja a noiva; Ele a cabeça, e a igreja o corpo. A conexão com Cristo, portanto, envolve a conexão com Sua igreja. -- Educação, 268 (1903). Ev 318 2 Satanás desanima o unir-se à igreja -- É seu [de Satanás] estudado esforço levar os professos cristãos o mais longe que lhe seja possível das medidas tomadas pelo Céu; portanto, ele engana mesmo o professo povo de Deus e os faz crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade; que a única segurança para eles, é seguir cada um sua própria orientação, e ficar separado de corporações cristãs que se achem unidas e trabalhem por estabelecer disciplina e harmonia de ação. Todos os esforços feitos para estabelecer isto, são considerados perigosos, uma restrição da justa liberdade, sendo assim temidos como papismo. Essas almas iludidas consideram uma virtude jactar-se de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Eles não darão ouvidos ao dito de nenhum homem. Não estão sujeitos a homem algum. Era e é ainda agora a obra especial de Satanás levar os homens a achar que é segundo o plano de Deus que eles sigam por si mesmos e escolham seu caminho, independentemente de seus irmãos. -- Carta 32, 1892. Ev 318 3 Uma forma sem valor, separada de Cristo -- É a graça de Cristo que dá vida à alma. Separado de Cristo, o batismo, como qualquer outro serviço, é uma forma sem valor. "Aquele que não crê no Filho não verá a vida." -- O Desejado de Todas as Nações, 181 (1898). Ev 319 1 Conversão, não apenas batismo -- A salvação não está em ser batizado, em ter nosso nome nos livros da igreja, nem em pregar a verdade. Mas em uma viva união com Jesus Cristo para ser renovado no coração, fazendo as obras de Cristo em fé e trabalho de amor, na paciência, na mansidão e na esperança. Toda alma unida a Cristo será um missionário vivo para todos os que a rodeiam. -- Carta 55, 1886. Ev 319 2 Uma advertência aos evangelistas e pastores -- Nossos irmãos do ministério falham decididamente quanto a fazerem sua obra segundo a maneira indicada pelo Senhor. Deixam de apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Não obtiveram experiência mediante a comunhão pessoal com Deus, ou um verdadeiro conhecimento do que constitua o caráter cristão; assim, são batizados muitos que não se acham aptos para essa sagrada ordenança, mas que se acham enlaçados com o próprio eu e com o mundo. Não viram a Cristo nem O receberam pela fé. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1890. Ev 319 3 Uma fraqueza em nosso evangelismo -- A aquisição de membros que não foram renovados no coração e reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a igreja. Este fato é muitas vezes passado por alto. Alguns ministros e igrejas acham-se tão desejosos de assegurar um aumento de membros, que não dão testemunho fiel contra hábitos e costumes não cristãos. Aos que aceitam a verdade não é ensinado que eles não podem, sem perigo, ser mundanos em sua conduta, ao passo que de nome são cristãos. Até então, eram súditos de Satanás; daí em diante, devem ser súditos de Cristo. A vida deve testificar da mudança de dirigente. Ev 319 4 A opinião pública favorece uma profissão de cristianismo. Pouca abnegação ou sacrifício é exigido de uma pessoa para se revestir da forma da piedade e ter o nome registrado na igreja. Daí muitos se unem à igreja sem primeiro se haverem unido a Cristo. Nisto Satanás triunfa. Tais conversos são seus instrumentos mais eficientes. Servem de laço para outras almas. São falsas luzes, atraindo os incautos à perdição. É em vão que os homens procuram tornar a vereda cristã ampla e aprazível para os mundanos. Deus não suavizou ou fez mais largo o caminho áspero e estreito. Se quisermos entrar na vida, cumpre-nos seguir o mesmo trilho palmilhado por Jesus e os discípulos -- o trilho da humildade, da abnegação e do sacrifício. -- Testimonies for the Church 5:172 (1882). Ev 320 1 Nosso alvo -- membros verdadeiramente convertidos -- Os ministros que trabalham em cidades e vilas para apresentar a verdade, não se devem sentir contentes, nem achar que sua obra findou enquanto os que aceitaram a teoria da verdade não compreenderem de fato o efeito de seu poder santificador, e estiverem verdadeiramente convertidos a Deus. Ele Se agradaria mais de ter seis pessoas deveras convertidas à verdade em resultado dos labores deles, do que sessenta que fazem profissão de fé nominal, mas não se converteram de todo. Esses ministros devem dedicar menos tempo a pregar sermões, e reservarem parte de suas energias para visitar e orar com os que estão interessados, dando-lhes piedosa instrução, a fim de poderem apresentar "todo o homem perfeito em Cristo Jesus". Ev 320 2 O amor de Deus deve viver no coração do ensinador da verdade. Seu próprio coração deve estar possuído daquele profundo e fervente amor que havia em Cristo; então ele fluirá para os outros. Os ministros devem ensinar que todos os que aceitam a verdade devem produzir frutos para glória de Deus. Cumpre-lhes ensinar que o sacrifício deve ser praticado diariamente; que muitas coisas que foram acariciadas devem ser entregues; e que muitos deveres, por desagradáveis que pareçam, precisam ser cumpridos. Interesses comerciais, afeições sociais, comodidade, honra, reputação, em suma, tudo, deve ser posto em sujeição às reivindicações de Cristo, superiores e sempre supremas. -- Testimonies for the Church 4:317 (1879). Uma conclusão perfeita Ev 321 1 O evangelista deve finalizar sua obra -- O obreiro nunca deve deixar parte do trabalho por fazer, porque esta lhe não agrade, pensando que o ministro que vier depois a fará por ele. Quando assim acontece, se vem um segundo ministro, e apresenta as exigências de Deus quanto a Seu povo, alguns voltam atrás, dizendo: "O ministro que nos trouxe a verdade, não mencionou essas coisas." E se escandalizam com a Palavra. Alguns recusam aceitar o sistema do dízimo; afastam-se, e não se unem mais com os que crêem na verdade e a amam. Quando outros pontos lhes são expostos, dizem: "Não nos foi ensinado assim", e hesitam em avançar. Quanto melhor teria sido se o primeiro mensageiro da verdade houvesse educado fiel e cabalmente esses conversos quanto a todos os assuntos essenciais, mesmo que poucos se houvessem unido à igreja pelo seu trabalho! -- Obreiros Evangélicos, 369, 370 (1915). Ev 321 2 Uma obra que não se há de desfazer -- Os ministros não devem sentir que sua obra está completa, enquanto os que aceitaram a teoria da verdade não compreenderem realmente a influência de seu poder santificador, e se acharem deveras convertidos. Quando a palavra de Deus, como uma aguda espada de dois gumes, penetra o coração e desperta a consciência, muitos pensam que isto é bastante; o trabalho, porém, apenas começou. Fizeram-se boas impressões, mas a menos que elas sejam aprofundadas mediante esforços cuidadosos, corroborados pela oração, Satanás as anulará. Não fiquem os obreiros satisfeitos com o que foi conseguido. O arado da verdade deve sulcar mais fundo, o que certamente acontecerá, se forem feitos esforços completos para dirigir os pensamentos e estabelecer as convicções dos que estão estudando a verdade. Ev 322 1 Muitas vezes o trabalho é deixado incompleto, e em muitos desses casos não produz resultado. Por vezes, depois de um grupo de pessoas haver aceitado a verdade, o ministro pensa que deve seguir imediatamente para novo campo; e às vezes sem a devida investigação, recebe autorização para partir. Isso é um erro; ele deve findar o trabalho começado, pois, deixando-o incompleto, faz-se mais mal do que bem. Campo algum é tão pouco prometedor como aquele que foi cultivado o suficiente para dar ao joio um mais luxuriante desenvolvimento. Por esse método muitas almas têm sido abandonadas a serem esbofeteadas por Satanás e à oposição de membros de outras igrejas que rejeitaram a verdade; e muitos são impelidos até a um ponto onde nunca mais poderão ser alcançados. É melhor que o ministro não se meta na obra, a não ser que ele possa completar inteiramente o trabalho. ... Ev 322 2 A menos que aqueles que recebem a verdade sejam inteiramente convertidos, a não ser que haja uma mudança radical na vida e no caráter, a não ser que a alma se ache firmada na Rocha eterna, eles não subsistirão à prova. Depois que o ministro parte, e desaparece a novidade, a verdade perde o poder de sedução, e eles não exercem uma influência mais santificadora do que anteriormente. Ev 322 3 A obra de Deus não deve ser malfeita ou realizada relaxadamente. Quando um ministro entra num campo, deve trabalhá-lo completamente. Ele não deve ficar satisfeito com seu êxito, enquanto não puder, mediante diligente labor e a bênção do Céu, apresentar ao Senhor conversos que possuam um genuíno sentimento de sua responsabilidade, e que farão a obra que lhes é designada. Se ele instruiu devidamente os que se acham sob seu cuidado, ao partir para outros campos de trabalho, a obra não se desfará; estará tão firmemente estabelecida, que ficará segura. -- Obreiros Evangélicos, 367-369 (1915). Ev 323 1 Fazer obra completa -- Há perigo de que os que realizam reuniões em nossas cidades se satisfaçam com uma obra superficial. Despertem os ministros e presidentes de nossas associações para a importância de fazer uma obra completa. Trabalhem eles e planejem tendo em mente a idéia de que o tempo está a finalizar, e que assim eles devem trabalhar com reduplicado zelo e energia. -- The Review and Herald, 11 de Janeiro de 1912. Ev 323 2 Ao passo que devemos aproveitar as oportunidades que a providência de Deus depara, não devemos elaborar projetos maiores nem ocupar mais território em expandir a obra, do que haja auxílio e meios para concluí-la bem e conservar e aumentar o interesse já começado. Embora haja planos mais vastos e mais largos campos a se abrirem constantemente diante dos obreiros, precisa haver idéias mais amplas e mais dilatadas visões no que respeita aos obreiros que devem trabalhar para trazerem almas para a verdade. -- Carta 34, 1886. Ev 323 3 Deixar uma obra bem firmada -- Levantam-se igrejas e deixam-se cair enquanto novos campos estão sendo penetrados. Ora, essas igrejas são erguidas a muito custo em trabalho e recursos, e depois são negligenciadas e deixadas a desmoronar-se. Tal é a maneira por que as coisas vão presentemente. ... Ev 323 4 Enquanto há deveres por cumprir em nosso caminho, não deveremos procurar e suspirar por uma obra que está a grande distância. Deus não deseja que tanto trabalho já planejado e iniciado com o povo fique abandonado, negligenciado para decair, tornando-se mais difícil de erguê-lo do que se nunca houvesse sido começado. ... Ev 324 1 Espero que considereis as coisas com sinceridade, e não sejais movidos pelo impulso ou a emoção. Nossos ministros devem ser educados e exercitados a fazer sua obra mais cabalmente. Devem concluir a obra, e não a deixar desmoronar-se. E devem cuidar especialmente dos interesses que despertaram, em vez de se retirarem e nunca mais terem qualquer interesse particular depois de deixarem uma igreja. Tem-se feito muito disto. -- Carta 1, 1879. Ev 324 2 O interesse das almas tem prioridade -- Por anos tem sido comunicada luz sobre esse ponto, mostrando a necessidade de atender ao interesse despertado, sem deixar absolutamente o mesmo enquanto todos os que se inclinam para a verdade não tenham tomado sua decisão, experimentando a conversão necessária para o batismo, e se unindo a uma igreja, ou formando eles próprios uma. Ev 324 3 Não há circunstância de suficiente importância para chamar um ministro que está atendendo a um interesse suscitado pela apresentação da verdade. Mesmo doença e morte são de menor importância que a salvação de almas por quem Cristo fez tão imenso sacrifício. Os que sentem a importância da verdade, e o valor de almas por quem Cristo morreu, não abandonarão um interesse entre o povo por consideração alguma. Dirão: Deixai os mortos enterrarem os seus mortos. Interesses domésticos, terras, casas, não devem ter o mínimo poder de desviar do campo de labor. Ev 324 4 Caso os ministros permitam que essas coisas temporais os distraiam da obra, a única direção que têm a seguir é deixarem tudo, não possuírem terras ou interesses temporais que exerçam influência em atraí-los da obra solene destes últimos dias. Uma alma é de mais valor do que o mundo inteiro. Como podem homens que professam haver-se consagrado à santa obra de salvar almas, deixar que suas pequenas posses temporais lhes absorvam a mente e o coração, e os impeçam de atender à elevada vocação que professam haver recebido de Deus? -- Testimonies for the Church 2:540, 541 (1870). Ev 325 1 É ilustrado o prejuízo de deixar uma obra inacabada -- Que coragem temos nós -- que coragem podemos ter -- de desenvolver esforços em diversos lugares, os quais nos gastam as forças e a vitalidade ao extremo, e depois deixar o trabalho extinguir-se sem ninguém que dele cuide? Ev 325 2 Ora, vou simplesmente mencionar minha experiência. Depois de eu desembarcar em solo americano, vindo da Europa, não fui para uma casa, mas para um hotel e tomei minha refeição, e depois fui para _____. Era o lugar por excelência para o qual deviam ter sido feitos planos para lá deixar alguém que rematasse a obra. Havia um povo rico, e profundamente convicto. Era admirável o interesse que se manifestava ali. O povo ia às reuniões e sentava-se a escutar com lágrimas nos olhos; estavam profundamente impressionados; mas o caso foi abandonado sem pessoa alguma que secundasse o interesse; antes deixaram que tudo desandasse. Estas coisas não agradam a Deus. Ou estamos nos estendendo por terreno demasiado vasto e nos propondo fazer demasiado, ou as coisas não estão sendo organizadas como deviam ser. -- Manuscrito 19b, 1890. Ev 325 3 Preparando um campo difícil para outros -- Ministros que não são homens de piedade vital, que suscitam um interesse entre o povo, mas largam a obra inacabada, deixam um campo dificílimo para outros penetrarem e concluírem o trabalho que eles deixaram de completar. Esses homens serão provados; e se não fizerem sua obra mais fielmente, hão de, após prova posterior, serem postos à margem como inúteis ocupantes do terreno, atalaias infiéis. -- Testimonies for the Church 4:317 (1879). Ev 325 4 Resultado de trabalho feito ao acaso -- Rematai inteiramente vossa obra. Não deixeis malhas soltas para outro continuar. Não decepcioneis a Cristo. Decidi que haveis de ser bem-sucedidos e, na força de Cristo, podeis dar inteira prova de vosso ministério. ... Ev 326 1 Coisa alguma é tão desanimadora para o avançamento da verdade presente como o trabalho feito a esmo, por alguns dos ministros, pelas igrejas. Necessita-se serviço fiel. As igrejas estão prestes a perecer, por não se acharem fortalecidas na semelhança com Cristo. O Senhor não está satisfeito com a maneira frouxa em que são deixadas as igrejas porque os homens não são fiéis mordomos da graça de Deus. Não recebem Sua graça, e portanto não a podem comunicar. As igrejas estão fracas e enfermiças devido à infidelidade dos que deviam trabalhar entre elas, cujo dever é superintendê-las, velando pelas almas como aqueles que devem dar contas delas. -- Manuscrito 8a, 1888. A extensão da série de conferências e conclusão da campanha Ev 326 2 A extensão da série de reuniões não deve ser prescrita -- Tende em mente que vivente algum pode dizer precisamente a obra, ou limitar a obra de um homem que se acha ao serviço de Deus. Homem algum pode prescrever os dias, as semanas, que alguém deve ficar em certa localidade antes de mudar-se para outro lugar. As circunstâncias devem moldar os trabalhos do ministro de Deus, e se ele O busca, compreenderá que sua obra abrange toda parte da vinha do Senhor, tanto a que está perto como a que fica longe. O obreiro não deve limitar sua obra a uma medida especificada. Não deve ter limites circunscritos, mas estender seu trabalho aonde quer que a necessidade o exija. Deus é seu colaborador; dEle deve buscar sabedoria e conselho a cada passo, e não confiar no conselho humano. Ev 327 1 A obra tem sido grandemente estorvada em muitos campos devido ao fato de os obreiros pedirem conselhos dos que não estão trabalhando no campo e não vêem nem sentem a necessidade, e portanto não podem entender a situação tão bem como os que se acham no próprio campo. -- Carta 8, 1895. Ev 327 2 Estudai cuidadosamente as circunstâncias -- Quando um ministro é designado para determinada obra, não deve considerar que precisa perguntar ao presidente da associação quantos dias ele há de trabalhar em certa localidade, mas buscar sabedoria dAquele que lhe designou o trabalho, Aquele que promete dar sabedoria e infalível juízo, que dá liberalmente e o não lança em rosto. Ele precisa considerar atentamente cada parte da vinha que lhe é aquinhoada, e discernir pela graça dada o que há de fazer ou não fazer. Surgirão circunstâncias que, sendo cuidadosamente estudadas com humildade e fé, buscando sabedoria de Deus, tornar-vos-ão obreiro sábio e bem-sucedido. -- Carta 8, 1895. Ev 327 3 Uma obra completa -- A obra em _____ precisa ser levada avante enquanto houver interesse ali. É necessário prover um lugar adequado em que se possam realizar as reuniões. ... A obra em _____ não deve ser abreviada. Tenho rogado por anos que se faça um sincero esforço nessa cidade, e agora que isto se está efetuando, vamos direto para a frente nos ramos devidos. -- Carta 380, 1906. Ev 327 4 A mais longa campanha de Paulo em Corinto -- O Senhor Deus de Israel tem fome de frutos. Ele pede a Seus obreiros que se ramifiquem mais do que o estão fazendo. O apóstolo Paulo foi de lugar em lugar pregando a verdade àqueles que se achavam nas trevas do erro. Ele trabalhou por um ano e seis meses em Corinto, e demonstrou o caráter divino de sua missão formando uma igreja florescente, composta de judeus e gentios. Os gentios convertidos eram mais numerosos que os judeus, e muitos deles estavam verdadeiramente convertidos -- trazidos das trevas para a luz do evangelho. -- Carta 96, 1902. Ev 328 1 Mais longas séries de reuniões nas cidades -- Nas séries de reuniões feitas em grandes cidades, metade do esforço se perde devido a encerrar-se a obra tão depressa, indo para outro campo. ... A pressa de terminar uma série de reuniões tem causado freqüentemente grande prejuízo. -- Carta 48, 1886. Determinar o êxito das reuniões Ev 328 2 Deus, o juiz do êxito do obreiro -- Deus, e não o homem, é o juiz da obra do homem, e Ele dará a cada um sua justa recompensa. Não cabe a nenhum ser humano o julgar entre os diversos servos de Deus. O Senhor é o único juiz e galardoador de toda boa obra. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900. Ev 328 3 Se uma alma perseverar, a obra é um êxito -- Durante a noite, eu estava conversando convosco. Tinha uma mensagem para vós, e a estava apresentando. Vós estáveis abatidos e vos sentíeis desanimados. Eu vos dizia: "O Senhor me mandou falar ao irmão e à irmã _____. Eu vos disse que estáveis considerando vosso trabalho quase um fracasso, mas que se uma alma se mantiver firme na verdade e perseverar até ao fim, vossa obra não pode ser declarada um fracasso. Se uma mãe foi desviada de sua deslealdade para a obediência, podeis regozijar-vos. A mãe que prossegue em conhecer o Senhor ensinará seus filhos a seguir-lhe os passos. A promessa é para os pais, as mães e seus filhos. ... Ev 329 1 O Senhor não vos julgará pela soma de êxito manifestada em vossas campanhas evangélicas. Foi-me mandado dizer-vos que vossa fé deve ser mantida reavivada e firme, em contínuo crescimento. Quando virdes que os que têm ouvidos não ouvem, e os que são inteligentes não compreendem, depois de haverdes feito o melhor que vos era possível, passai a regiões adiante, e deixai os resultados com Deus. Não permitais, porém, que desfaleça a vossa fé. -- Carta 8, 1895. Ev 329 2 Não fiqueis desanimados com pequenos resultados -- A obra feita para honra e glória de Deus, levará o selo divino. Cristo endossará o trabalho daqueles que fizeram o melhor que lhes é possível. E à medida que continuarem fazendo o melhor ao seu alcance, crescerão em conhecimento, e aperfeiçoar-se-á o caráter de sua obra. -- Carta 153, 1903. Ev 329 3 Em comparação com o número dos que rejeitam a verdade, o dos que a aceitam será bem menor, porém uma alma é de mais valor do que mundos. Não nos devemos desanimar, embora nossa obra não pareça dar muito resultado. -- Carta 1, 1875. Ev 329 4 Esforços unidos e firmes para alcançar bons resultados -- Os esforços individuais, constantes e unidos, trarão a recompensa do êxito. Os que desejam fazer grande soma de bem em nosso mundo, precisam estar dispostos a fazê-lo segundo a maneira de Deus, realizando pequenas coisas. Os que almejam atingir as mais altas culminâncias da consecução por fazer alguma coisa grande e admirável, deixarão de fazer coisa alguma. Ev 329 5 O firme progresso em uma boa obra, a freqüente repetição de uma espécie fiel de serviço, é de mais valor aos olhos de Deus do que a realização de uma grande obra, e granjeia para Seus filhos boa fama, distinguindo-lhes os esforços. Os que são leais e fiéis aos deveres que lhes são designados por Deus, não são instáveis, mas firmes no desígnio, abrindo com decisão seu caminho através de boa ou má fama. Instam a tempo e fora de tempo. -- Carta 122, 1902. Ev 330 1 Os métodos corretos produzem colheita de almas -- Quando, em nosso trabalho para Deus, seguirmos energicamente métodos corretos, ter-se-á uma colheita de almas. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1904. Ev 330 2 O mal de idolatrar o ministro -- O fato de um ministro ser aplaudido e elogiado não é prova de haver falado sob a influência do Espírito. É demasiado freqüente o caso de jovens conversos, a menos que se acautelem, colocarem mais de suas afeições em seu ministro do que no próprio Redentor. Acham que têm sido grandemente beneficiados pelos trabalhos do ministro. Em sua concepção ele possui os mais exaltados dons e graças, e nenhum outro pode fazer tão bem como ele faz; daí, emprestam demasiada importância ao homem e a seus labores. Isto é uma confiança que os dispõe a idolatrar o homem, olhando mais para ele do que para Deus, e assim fazendo, não agradam a Deus nem crescem em graça. Causam grande dano ao ministro, especialmente se ele é jovem e está em desenvolvimento para tornar-se um obreiro evangélico promissor. ... Ev 330 3 O ministro de Cristo que se possui do Espírito e do amor de seu Mestre, trabalhará de tal maneira que o caráter de Deus e de Seu querido Filho se manifestará da maneira mais plena e clara. Ele se esforçará para fazer com que seus ouvintes se tornem esclarecidos em sua concepção do caráter de Deus, para que Sua glória seja reconhecida na Terra. -- Gospel Workers, 44, 45 (1892). Ev 330 4 Convertidos ao homem em vez de a Cristo -- Quatro anos atrás houve uma série de conferências realizada pelo Pastor _____ em _____, e o povo afluía de maneira maravilhosa para ouvir. Caso se houvessem elaborado planos corretos, poderia ter havido muitas almas trazidas à verdade. O irmão _____ não estava trabalhando de maneira correta; seu principal objetivo era atrair a maior congregação mediante uma pregação fantasiosa, que diferia vastamente da de João, o precursor de Cristo. Muitos assinaram o compromisso, mas quando ele partiu ficou provado que eles criam em _____, eram atraídos ao homem e não a Jesus Cristo. Muitos dos que assinaram o pacto não estavam convertidos e, uma vez deixados sós, retiraram seu nome. -- Carta 79, 1893. Ev 331 1 A igreja do pastor _____ -- Trabalhando por aqueles que se convertem por vossos labores, ficaríeis grandemente satisfeitos se eles fossem chamados a igreja do Pastor _____. Gostaríeis de moldar-lhes a mente de tal modo que eles fossem guiados por sentimentos de vossa escolha. Não o permita Deus! Firmando as mentes em vós mesmos, vós as levais a se desligarem da Fonte de sua sabedoria e eficiência. Sua dependência não deve estar em vós, mas inteiramente em Deus. Unicamente assim poderão crescer em graça. Dependem dEle quanto ao êxito, à utilidade, ao poder para serem colaboradores de Deus. -- Carta 39, 1902. Ev 331 2 Propriedade de Cristo, não nossa -- Lembremo-nos sempre, irmão _____, de que não importa quão grande e boa seja a obra que o instrumento humano possa efetuar, ele não se torna dono daqueles que, mediante sua colaboração, foram convertidos à verdade. Ninguém se deve colocar sob o domínio do ministro que serviu de instrumento em sua conversão. Em nosso ministério, temos de levar as almas diretamente a Cristo. Elas são propriedade Sua, e devem estar sempre e unicamente sujeitas a Ele. Toda pessoa possui uma individualidade que nenhuma outra pessoa pode pretender. -- Carta 193, 1903. Ev 331 3 Deus deve receber a glória pelo êxito -- Depois de haver sido dada a advertência, depois de a verdade haver sido apresentada pelas Escrituras, muitas almas serão convencidas. É preciso então grande cuidado. O instrumento humano não pode fazer a obra do Espírito Santo; nós somos apenas os condutos mediante os quais trabalha o Senhor. Demasiadas vezes penetra um espírito de presunção, caso certa medida de sucesso acompanhe os esforços do obreiro. Não deve haver, porém, nenhuma exaltação do eu, coisa alguma a ele deve ser atribuída; a obra é do Senhor, e a Seu precioso nome cumpre dar toda a glória. Oculte-se o próprio eu em Jesus. -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1902. Ev 332 1 O êxito se dissipa com o louvor do próprio eu -- Todo homem que se louva a si mesmo, apaga o brilho de seus melhores esforços. -- Testimonies for the Church 4:607 (1881). Ev 332 2 Crédito total aos obreiros auxiliares -- Cada um deve desempenhar sua parte fielmente, e cada um dar crédito a seu irmão obreiro pela parte que ele executa. Não seja ambiciosa a vossa conversação, apropriando-vos da honra. Deus tem usado muitos instrumentos em Sua obra. O que efetuastes é apenas uma parte dela. Outros têm trabalhado diligente e inteligentemente, com oração, e não devem ser passados por alto. "Com Ele vem o Seu galardão, e a Sua obra está diante dEle." No dia do ajuste final Deus acertará com justiça com Seus servos, e dará a cada um segundo as suas obras. Deus tem notado a vida dos obreiros abnegados e que se sacrificam, os quais levaram avante a obra em campos dificultosos. Ev 332 3 Estas são coisas que deveis considerar. O Senhor não fica satisfeito com Seus servos quando eles tomam a honra para si mesmos. Em nossa velhice sejamos justos, e não nos apoderemos para nós daquilo que pertence a outros. Tem levado anos o realizar a obra que tem sido feita, e grupo após grupo de nobres obreiros nela tem desempenhado a sua parte. -- Carta 204, 1907. Ev 333 1 O Senhor restringido por nossa atitude -- O Senhor faria grandes coisas pelos obreiros, porém o coração deles não é humilde. Caso o Senhor neles operasse, ficariam exaltados, cheios de presunção, e desmereceriam seus irmãos. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1887. Ev 333 2 Por que falta o êxito -- No orgulho da sabedoria e da ambição mundanas de ser o primeiro, pode-se encontrar a razão de a obra do evangelho, apesar de seus ilimitados recursos, ter relativamente tão pouco êxito. O Salvador regozijou-Se em espírito e deu graças a Deus ao pensar em como o valor da verdade, embora oculto aos sábios e entendidos, é revelado às criancinhas -- os que compreendem sua fraqueza e sentem sua dependência dEle. -- Manuscrito 118, 1902. Ev 333 3 O galardão da conquista de almas -- Preciosa recompensa será dada aos obreiros fiéis, que põem na obra tudo quando há em si mesmos. Não há maior bem-aventurança aquém do Céu, do que ganhar almas para Cristo. O coração dos obreiros inunda-se de alegria ao compreenderem eles que esse grande milagre nunca poderia haver sido operado por instrumentos humanos, mas unicamente por Aquele que ama as almas prestes a perecer. A presença divina está sempre bem junto de todo obreiro fiel, fazendo com que as almas venham ao arrependimento. Assim se forma a fraternidade cristã. O obreiro e aqueles por quem é feito o trabalho são tocados com o amor de Cristo. Um coração toca outro coração, e a fusão de alma com alma é como o celeste intercâmbio entre os anjos ministradores. -- Manuscrito 36, 1901. ------------------------Capítulo 10 -- Firmar e conservar novos conversos Métodos que assegurem a continuidade Ev 334 1 A segunda série de reuniões -- Quando os argumentos em favor da verdade presente são apresentados pela primeira vez, difícil é fixar os pontos na mente. E se bem que alguns vejam suficientemente para tomar uma decisão, apesar de tudo isto, há necessidade de repassar tudo outra vez, e fazer outra série de reuniões. -- Carta 60, 1886. Ev 334 2 Fixar distintamente a verdade -- Depois de haverem sido feitos os primeiros esforços em um lugar mediante uma série de conferências, há na verdade maior necessidade de uma segunda série. A verdade é nova e surpreendente, e o povo necessita de que as mesmas coisas lhes sejam apresentadas pela segunda vez a fim de tornar os pontos distintos, e fixar as idéias na mente. -- Carta 48, 1886. Ev 334 3 Importância de repetir pontos da verdade -- Se os que conheciam a verdade e já estavam firmados nela necessitam realmente de que a importância dela lhes seja sempre conservada diante dos olhos e seu espírito despertado por sua repetição, quão importante não é que não se negligencie isto para com os recém-chegados à fé! Tudo na interpretação da Escritura é novo e estranho para eles, e estão em perigo de perder a força da verdade e aceitar idéias incorretas. Em muitas séries de reuniões realizadas, a obra foi deixada incompleta. -- Carta 60, 1886. Ev 335 1 Cuidadosos planos para a série subseqüente -- Talvez seja aconselhável mudar de local e ter congregações novas, mas toda vez que fizerdes uma segunda série de reuniões, fazei-a com tanto esmero como se a primeira série não tivesse sido efetuada. Seja todo talento dos obreiros posto nas mãos dos banqueiros. Faça cada um o máximo ao seu alcance e desempenhe com energia sua parte na obra e serviço de Deus. Ev 335 2 Há várias espécies de trabalho a serem feitas. As almas são preciosas à vista de Deus; ao abraçarem a verdade, educai-as, e ensinai-as, a assumirem encargos. Aquele que vê o fim desde o princípio, que pode fazer com que as sementes semeadas sejam todas frutíferas, estará convosco em vossos esforços. -- Carta 48, 1886. Ev 335 3 Exemplo de uma cabal obra de reforço -- Terminou nossa reunião. Desde o primeiro dia, 21 de Outubro, até o presente (10 de Novembro), o interesse não esmoreceu. Na primeira conferência, a grande tenda estava regurgitando, e havia do lado de fora como uma muralha de gente. Ev 335 4 Falei seis vezes no sábado, domingo, e quarta de tarde à multidão aglomerada naquela assembléia, e cinco vezes, em vários sentidos, a nosso povo. Tivemos o melhor do trabalho ministerial. ... A palavra foi falada sem hesitação nem fraqueza, mas em demonstração do Espírito e com poder. O interesse foi superior a qualquer coisa que tenhamos visto em qualquer reunião campal neste país. Sentimo-nos deveras gratos ao Senhor por esta oportunidade de dar a conhecer a luz da verdade presente. Como no tempo de Cristo, o povo ouve e fica admirado e cativo. Dizem: "Nunca ouvimos uma coisa assim. Oh, como desejaria ter ouvido tudo isso antes! Eu nunca soube que essas coisas estivessem na Bíblia. Vejo que o que me cumpre fazer é examinar as Escrituras como nunca fiz." Ev 336 1 A Palavra de Deus tem sido na verdade como uma espada, penetrante e poderosa. As multidões escutam com interesse por uma e quase duas horas sem mostras de fadiga. Oh, sinto-me tão alegre, tão reconhecida! Com minha voz, louvo ao Senhor de alma e coração. ... Ev 336 2 Vários obreiros estão cuidando dos interesses em Stanmore. Este interesse não desfalece. A grande tenda foi desarmada e enviada a Melbourne. A tenda de 12 metros está sendo aumentada no centro, de modo a fornecer lugar para o maior número possível, e será usada aqui. Foi alugada uma casa para acomodar os obreiros. Arranjaram um quarto para mim, e caso seja possível, irei provavelmente a Sydney esta semana para unir-me aos obreiros. Precisamos fazer tudo ao nosso alcance a fim de tornar essa série de reuniões um sucesso. O Pastor Haskell escreve de modo animador quanto à obra ali, e ao incessante interesse. -- Carta 27, 1897. Ev 336 3 Confirmando o interesse despertado -- Os obreiros que venham depois de haver sido despertado um interesse, podem ser homens dotados até de menos habilidade do que os que deram início à obra; mas se forem humildes homens de Deus, podem apresentar a verdade de tal maneira que desperte e impressione o coração de alguns até então indiferentes. O Senhor revela a verdade a espíritos diversos em diversos aspectos, de modo que por meio da apresentação de um homem alguns pontos da verdade se tornam mais claros do que por intermédio de outro, e justamente por essa razão o Senhor não dá a um homem apenas a obra de lidar com as mentes humanas. ... Ev 336 4 Pode um homem levar sua parte do trabalho até aonde lhe seja possível, e então o Senhor enviará outro de Seus obreiros a fazer outra parte da obra que o primeiro não viu a necessidade de executar, e contudo era essencial que ela fosse feita. Portanto, homem algum pense ser seu dever começar e levar avante uma obra inteiramente por si. Uma vez que Deus permita dar outros dons a outros obreiros para operar a conversão de almas, coopere de boa vontade com eles. -- Manuscrito 21, 1894. Ev 337 1 Novos conversos cabalmente instruídos -- Nossos esforços não devem cessar por haverem sido interrompidas por algum tempo as reuniões públicas. Enquanto houver pessoas interessadas, precisamos dar-lhes oportunidade de aprenderem a verdade. E os novos conversos precisam ser instruídos por fiéis instrutores da Palavra de Deus, para que cresçam no conhecimento e no amor da verdade, e se desenvolvam até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus. Eles devem ser agora cercados pelas influências mais favoráveis para o crescimento espiritual. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1907. Ev 337 2 Desenvolver o talento local -- Fazei a obra de um evangelista -- regar e cultivar a semente já semeada. Depois de haver-se erguido uma nova igreja, ela não deve ser deixada sem auxílio. Ao ministro cumpre desenvolver o talento na igreja, para que as reuniões se mantenham proveitosas. Timóteo foi mandado ir de igreja em igreja realizando esse serviço, e edificando as igrejas na santíssima fé. Devia fazer a obra de um evangelista, e isto é uma obra ainda mais importante que a dos ministros. Devia pregar a Palavra, mas não assumir a direção de uma só igreja. -- The Review and Herald, 28 de Setembro de 1897. Ev 337 3 Visitar repetidamente novos membros -- A obra não deve ser abandonada prematuramente. Vede que todos estejam esclarecidos na verdade, firmados na fé, e interessados em todo ramo da obra, antes de os deixar para ir a outro campo. E então, como o apóstolo Paulo, visitai-os com freqüência para ver como vão. Oh, a obra negligente que é feita por muitos que pretendem ser comissionados por Deus para pregar Sua Palavra, faz com que os anjos chorem! -- Testimonies for the Church 5:256 (1885). Ev 338 1 Regra sobre regra, mandamento sobre mandamento -- Não é somente a pregação que deve ser feita. Precisa-se de incomparavelmente menos pregação. Importa devotar mais tempo a educar pacientemente outros, dando aos ouvintes oportunidade para se exprimirem. É de instrução que muitos necessitam, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. Ev 338 2 É, porém, muito difícil impressionar a mente de nossos irmãos do ministério com a idéia de que sermões não podem por si mesmos realizar a obra de que nossas igrejas precisam. Necessitam-se esforços pessoais; estes são essenciais para a prosperidade dos indivíduos e das igrejas. -- Manuscrito 7, 1891. Ev 338 3 Auxílio no começo da nova vida -- Onde quer que se desperte um interesse como o que se manifesta agora em _____, escolham-se homens da maior habilidade para ajudar na série de reuniões. Eles devem entrar de coração na obra de visitar e dar estudos bíblicos aos recém-vindos à fé e aos que estão interessados, procurando firmá-los na fé. Os crentes novos devem ser instruídos cuidadosamente, de modo a terem uma clara percepção dos vários ramos da obra confiada à igreja de Cristo. Um ou dois não devem ser deixados sozinhos com a responsabilidade de tal obra. Ev 338 4 Muito depende da obra feita pelos membros da igreja em ligação com as reuniões da tenda a serem feitas em nossas cidades, e acompanhando-as. Durante as reuniões, muitos, convencidos pelo Espírito, podem ficar cheios de desejo de iniciar a vida cristã; mas a menos que haja contínua vigilância por parte dos obreiros que permanecem para atender o interesse, as boas impressões causadas na mente do povo tornar-se-ão indistintas. O inimigo, cheio de raciocínios sutis, aproveitar-se-á de toda falha da parte dos obreiros de Deus no velar pelas almas como aqueles que hão de dar conta delas. -- The Review and Herald, 2 de Março de 1905. Ev 339 1 Erguei um baluarte em torno dos novos crentes -- Exatamente após serem tomadas as decisões, as forças dos poderes das trevas apoderam-se dessas mentes que foram convencidas e que resistiram à convicção do Espírito de Deus. Elas têm uma superstição, e Satanás opera sobre elas até haver uma intensa oposição à verdade e a todo aquele que nela crê, e julgam estar a serviço de Deus, como Cristo nos disse: "Qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus." Ev 339 2 Podemos ver assim a intensidade do espírito deles. Onde se acha a intensidade do outro lado? Uni-vos com o Espírito do Deus vivo para apresentar um baluarte em torno de nosso povo e de nossa juventude, para educá-los e prepará-los. Isto deve ser enfrentado, e devemos levar avante a verdade de Deus custe o que custar. Compreendemos alguma coisa a esse respeito, mas muitos há que não entendem nada quanto a isso; portanto, devemos conduzi-los, instruí-los com bondade, brandamente, e caso esteja conosco o Espírito de Deus, saberemos exatamente o que devemos dizer. -- Manuscrito 42, 1894. Ev 339 3 Compreensão do todo-abrangente desígnio de Deus -- O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da História e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará. -- Educação, 190 (1903). Ev 340 1 Ensinar os novos crentes a enfrentar o inimigo -- É um método deficiente o deixar uns poucos aqui e outros ali, sem serem alimentados e cuidados, expostos aos lobos devoradores, ou a se tornarem alvo do fogo aberto do inimigo. Foi-me mostrado que foi feito muito trabalho assim entre nós como um povo. Campos promissores foram estragados para um trabalho futuro devido a serem penetrados prematuramente, sem considerar os custos, sendo depois deixada a obra pela metade. Por haver sido feita uma série de reuniões, cessa-se então a obra, corre-se a novo campo para fazer aí o trabalho pela metade, e essas pobres almas que não obtiveram senão um leve conhecimento da verdade são abandonadas sem que se tomem as medidas próprias para confirmá-las e estabelecê-las na fé e educá-las como soldados bem treinados na maneira de enfrentarem os ataques do inimigo e vencê-lo. -- Carta 60, 1886. Integrar novos crentes na igreja Ev 340 2 Ser conduzidos como crianças -- "Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos Céus? E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos Céus. Portanto aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos Céus. E qualquer que receber em Meu nome um menino tal como este, a Mim Me recebe. Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse uma mó de azenha e se submergisse na profundeza do mar." Ev 341 1 Por "pequeninos" Cristo não quer dizer nenês. Ele Se refere àqueles que são "pequeninos, que crêem em Mim" -- os que ainda não obtiveram experiência em segui-Lo, os que necessitam ser conduzidos como crianças, por assim dizer, no buscarem as coisas do reino do Céu. -- Manuscrito 60, 1904. Ev 341 2 Conselhos aos novos na fé -- Gostaria de dirigir-me a vós, que chegastes ao conhecimento da verdade em _____. Sois jovens na fé, e há grande necessidade de andardes humildemente diante de Deus, e de aprenderdes diariamente na escola de Cristo pelo demorar-vos particularmente em meditação e conversação sobre as lições dadas por Ele aos discípulos. Andai em toda a humildade de espírito, desconfiando do próprio eu, buscando sabedoria do Deus da sabedoria, para que todos os vossos caminhos e métodos estejam em firme e íntima ligação com os caminhos e a vontade de Deus, para que não haja nenhuma confusão. ... Ev 341 3 Precisamos não esquecer em tempo algum quão difícil é remover erros longamente nutridos da mente dos homens, os quais foram ensinados desde a infância. Precisamos ter em mente que a Terra não é o Céu, e que haverá desânimos a enfrentar e a vencer, porém importa que se cultivem paciência, brandura e piedade para com todos quantos se acham em trevas. Se os levarmos a ver a luz, isto não se fará apenas por meio de argumentos; deverá ser pela obra da graça de Cristo em vosso coração, revelada em vosso próprio caráter com firmeza, e todavia com a mansidão e a simplicidade de Cristo. Por meio de muita oração importa que trabalheis pelas almas, visto ser este o único método pelo qual podereis atingir corações. Não é a vossa obra, mas a de Cristo, que Se acha ao vosso lado, e que impressiona os corações. ... Ev 342 1 Estai resolvidos a não ter desinteligências entre vós mesmos, mas que a paz de Cristo esteja em vosso coração, e então será fácil tarefa introduzi-la na própria família. Quando, porém, é negligenciado o jardim do coração, logram desenvolver-se as venenosas ervas do orgulho, da presunção e amor-próprio. Cumpre-nos velar, individualmente, em oração. Ev 342 2 O caráter que formamos, falará na vida de família. Caso haja agradável harmonia no círculo familiar, os anjos de Deus podem ministrar no lar. Caso haja sábia direção doméstica, bondade, mansidão, paciência, aliadas à firmeza de princípios, então estai certos de que o marido é um laço do lar; ele une a família com santos laços, e apresenta-a a Deus, ligando-se com ela sobre o altar do Senhor. Que luz irradia de uma família assim! Ev 342 3 Essa família, devidamente dirigida, é um argumento favorável em prol da verdade, e o chefe de tal família desenvolverá na igreja a mesma espécie de obra que se manifesta no lar. Onde quer que se apresentem severidade, aspereza e falta de afeição e amor no sagrado círculo doméstico, haverá muito seguramente falha nos planos e direção da igreja. A unidade no lar, a unidade na igreja, revelam mais a maneira e a graça de Cristo do que sermões e argumentos. ... Está a verdade, a verdade avançada que recebemos, produzindo em nosso coração os frutos da paciência, da fé, da esperança e caridade, e deixando assim sua salvadora influência no espírito humano, revelando que somos varas da Videira verdadeira porque produzimos viçosos cachos? -- Carta 6b, 1890. Ev 343 1 Ter raiz em si mesmos -- Não é desígnio de Deus que a igreja seja mantida pela vida tirada do ministro. Seus membros devem ter raiz em si mesmos. As novas evangélicas, a mensagem de advertência, a terceira mensagem angélica, devem ser anunciadas por membros da igreja. -- Manuscrito 83, 1897. Ev 343 2 Todo aquele que se professa cristão, tem a responsabilidade de manter-se em harmonia com a direção da Palavra divina. Deus considera cada alma responsável por seguir, por si mesma, o modelo dado na vida de Cristo, e ter um caráter purificado e santificado. -- Manuscrito 63, 1907. Ev 343 3 Não pôr o ministro em lugar de Deus -- Se bem que os recém-conversos devam ser ensinados a pedir conselho dos mais experientes na obra, devem ser ensinados igualmente a não pôr o ministro em lugar de Deus. Os ministros não passam de criaturas humanas, homens cercados de fraquezas. Cristo, eis a quem nos cumpre olhar em busca de direção. -- Testimonies for the Church 7:20 (1904). Ev 343 4 Pontos em que firmar os crentes novos -- Os ministros negligenciam com freqüência esses importantes ramos da obra -- a reforma de saúde, os dons espirituais, a beneficência sistemática e os grandes ramos da obra missionária. Por seu trabalho, grande número talvez abrace a teoria da verdade, mas a seu tempo verificar-se-á que há muitos que não suportarão a prova de Deus. ... Ev 343 5 Quão melhor seria para a causa, se os mensageiros da verdade houvessem educado fiel e cabalmente esses conversos quanto a todos esses assuntos essenciais, mesmo que houvesse menos pessoas por ele acrescentadas à igreja por seus labores! Ev 344 1 Os ministros precisam incutir no espírito daqueles com quem trabalham a importância de eles tomarem responsabilidades em relação com a obra de Deus. Devem ser instruídos no sentido de que todo departamento da obra do Senhor deve aliciar-lhes o apoio, granjear-lhes o interesse. O grande campo missionário está franqueado aos homens, e o assunto deve ser ventilado e ventilado repetidamente. O povo deve compreender que não são os ouvintes da Palavra mas os obradores dela que hão de ter a vida eterna. Ninguém fica isento dessa obra de beneficência. Deus requer de todo homem a quem Ele concede os dons de Sua graça comunicar, não somente de seus meios para satisfazer às necessidades da atualidade no promover com êxito Sua verdade, mas dar-se a si mesmo a Deus sem reservas. ... Ev 344 2 Não é um traço do coração natural ser beneficente; os homens devem ser ensinados, dando-se-lhes regra sobre regra, mandamento sobre mandamento quanto à maneira de trabalhar e de dar segundo Deus. -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1878. Ev 344 3 Desenvolver novas atitudes para com a obra de Deus -- Quanto se gasta em coisas que são simples ídolos, coisas que absorvem os pensamentos e as afeições, pequenos ornamentos que exigem atenção para serem mantidos limpos e dispostos em ordem! Os momentos gastos em arranjar esses pequeninos ídolos, poderiam ser empregados em dizer a uma alma uma palavra a seu tempo, despertando o interesse em indagar: "Que farei para me salvar?" Essas pequenas coisas tomam o tempo que devia ser empregado em oração, em buscar ao Senhor e, pela fé, apoderar-se das promessas. ... Ev 344 4 Quando vejo quanto se poderia fazer em países como este em que agora me encontro, o coração arde dentro de mim para mostrar àqueles que professam ser filhos de Deus quanto dinheiro eles estão esbanjando em roupas, e mobílias caras ou em prazeres egoístas, em excursões de mera satisfação pessoal. Tudo isto é um desvio dos bens do Senhor, usando para agradar ao próprio eu aquilo que é inteiramente Seu e que deve ser consagrado a Seu serviço. -- Carta 42a, 1893. Ev 345 1 Cristãos prestimosos -- A obra dos embaixadores de Cristo é muito maior e de mais responsabilidade do que muitos sonham. Eles não devem absolutamente ficar satisfeitos com o próprio êxito enquanto não puderem, por seus zelosos labores e a bênção de Deus, apresentar-Lhe cristãos prestimosos, possuídos de um verdadeiro senso de sua responsabilidade, e que realizem a obra que lhes foi designada. O devido trabalho e instrução levarão às fileiras do trabalho os homens e mulheres de caráter vigoroso e de tão firmes convicções, que coisa alguma de caráter egoísta tenha permissão de estorvá-los em sua obra, diminuir-lhes a fé ou detê-los no cumprimento do dever. -- Testemunhos Selectos 1:529 (1880). O evangelismo pastoral Ev 345 2 Velar pelos novos crentes -- Quando homens e mulheres aceitam a verdade, não devemos retirar-nos e deixá-los, sem sentir mais nenhuma responsabilidade por eles. Eles devem ser velados. Cumpre ter na alma uma preocupação por eles, e cuidar deles como mordomos que por eles têm de prestar contas. Então, ao falardes ao povo, dai a cada homem sua devida porção de alimento ao tempo devido; mas precisais encontrar-vos em situação em que vos seja possível distribuir esse alimento. -- Manuscrito 13, 1888. Ev 345 3 Apascenta os meus cordeiros -- O Senhor Jesus disse a Pedro: "E tu, quando te converteres, confirma a teus irmãos"; e depois da ressurreição, justo antes de ascender ao Céu, Ele disse a Seu discípulo: "Simão, filho de Jonas, amas-Me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; Tu sabes que Te amo. Disse-lhe: Apascenta os Meus cordeiros." Ev 346 1 Esta era uma obra em que Pedro tinha bem pouca experiência; não podia, porém, estar completo na vida cristã a menos que aprendesse a alimentar os cordeiros, os que são tenros na fé. Exigiria grande cuidado e muita paciência e perseverança o ministrar aos ignorantes o devido ensino, abrindo-lhes as Escrituras e educando-os para a utilidade e o dever. Esta é a obra que deve ser feita na igreja hoje, do contrário os advogados da verdade ficarão atrofiados em sua experiência, e serão expostos à tentação e enganos. O encargo dado a Pedro deve chegar ao coração de quase todo ministro. De quando em quando se ouve a voz de Cristo repetindo a recomendação a Seus subpastores: "Apascenta os Meus cordeiros", "apascenta as Minhas ovelhas." Ev 346 2 Nas palavras dirigidas a Pedro, são expostas diante do ministro evangélico que tem o cargo do rebanho de Deus, as suas responsabilidades. -- Carta 3, 1892. Ev 346 3 Apascentar o rebanho -- Meus irmãos no ministério evangélico, apascentemos o rebanho de Deus. Levemos a todo coração animação e alegria. Desviemos os olhos de nossos irmãos e irmãs dos traços desagradáveis de caráter que quase todos possuem, e ensinemo-los a olharem para Cristo, Aquele que é inteiramente desejável, o Primeiro entre dez mil. ... Ev 346 4 Deus confiou aos mortais preciosos tesouros de verdade. Esses tesouros podem ser assemelhados a belo fruto, que deve ser apresentado ao povo em vasos limpos e puros e santos, de modo que eles recebam esse fruto e o saboreiem para glória de Deus. -- Manuscrito 127, 1902. Ev 346 5 Visitar toda família -- Como pastor do rebanho, ele [o ministro], deve cuidar das ovelhas e cordeiros, procurando os perdidos e extraviados, e levando-os novamente para o aprisco. Ele deve visitar toda família, não somente como hóspede para fruir-lhe a hospitalidade, mas para averiguar as condições espirituais de cada membro da família. Sua própria alma deve achar-se possuída do amor de Deus; então, mediante bondosa cortesia, é-lhe possível achar caminho ao coração de todos, e trabalhar com êxito por pais e filhos, rogando, advertindo, animando, segundo o caso o exigir. -- The Signs of the Times, 28 de Janeiro de 1886. Ev 347 1 Aproximar-se dos corações -- Aproximai-vos de vossos irmãos; procurai-os, ajudai-os; achegai-vos ao coração deles como alguém que pode compadecer-se de suas fraquezas. Podemos assim obter vitórias que nossa pouca fé ainda não apreendeu. Deve-se dar aos membros dessas famílias alguma obra a realizar em benefício de almas. O mútuo amor e a confiança, dar-lhes-ão força moral para serem coobreiros de Deus. -- Manuscrito 42, 1898. Ev 347 2 É preciso arrancarem-se os espinhos e lançá-los fora -- Muitos que professam ser cristãos andam tão absorvidos com cuidados deste mundo, que não têm tempo para cultivar a piedade. Não consideram a verdadeira religião de primeira importância. Um homem talvez pareça receber a verdade, porém se não vencer seus traços de caráter não cristãos, esses espinhos se desenvolverão e fortalecerão, matando as preciosas graças do Espírito. Os espinhos do coração precisam ser extirpados e lançados fora, pois o bem e o mal não podem crescer juntos no coração. As inclinações e desejos humanos não santificados devem ser desarraigados da vida como obstáculos ao crescimento cristão. -- Carta 13, 1902. Ev 347 3 Reprovar e exortar -- Há trabalho pastoral a fazer, quer dizer, reprovar e exortar com toda a longanimidade e doutrina; isto é, ele deve apresentar a Palavra de Deus, para mostrar onde haja alguma deficiência. Caso haja alguma coisa no caráter dos professos seguidores de Cristo, certamente o ministro deve preocupar-se com isto, não sentir-se como senhor da herança de Deus. Lidar com o espírito humano é a mais bela tarefa que já foi confiada ao homem mortal. -- Manuscrito 13, 1888. Ev 348 1 Tornai com freqüência a reunião do Sábado uma classe bíblica -- Tem-me sido muitas vezes mostrado que deve haver menos sermonizar por parte dos ministros que desempenham apenas o papel de pastores locais de igreja, e que se façam maiores esforços pessoais. Nosso povo não deve ser levado a pensar que precisam escutar cada sábado um sermão. Muitos que ouvem freqüentes sermões, mesmo que a verdade seja apresentada em linhas claras, não aprendem senão pouca coisa. Seria muitas vezes mais proveitoso se as reuniões de sábado fossem da natureza de um estudo bíblico. A verdade bíblica deve ser apresentada de maneira tão simples e interessante, que todos possam facilmente compreender e apreender os princípios da salvação. -- Carta 192, 1906. Ev 348 2 É necessário mais do que sermões -- Um ministro é uma pessoa que ministra [que serve]. Se limitais vossa obra a sermonizar, o rebanho de Deus sofrerá; pois necessitam de esforço pessoal. Sejam breves vossos discursos. Os sermões longos fatigam-vos a vós e ao povo. Caso os ministros fizessem seus sermões apenas de metade do comprimento, fariam mais benefício e sobrar-lhes-iam forças para efetuar trabalho pessoal. Visitai as famílias, orai com elas, conversai com elas, examinai as Escrituras com elas, e far-lhes-eis bem. Demonstrai-lhes que buscais sua prosperidade, e quereis que sejam cristãos saudáveis. -- Manuscrito 8a, 1888. Ev 348 3 Levar o incensário do amor fragrante -- Os obreiros do Senhor necessitam do enternecedor amor de Jesus no coração. Viva cada ministro como um homem entre os homens. Vá ele, com métodos bem regulados, de casa em casa, levando sempre o incensário da fragrante atmosfera celeste de amor. Ide ao encontro dos pesares, dificuldades e aflições dos outros. Tomai parte nas alegrias e cuidados, tanto dos grandes como dos pequenos, dos ricos como dos pobres. -- Carta 50, 1897. Ev 349 1 Pregação para crianças -- Repita-se às crianças em todas as ocasiões oportunas, a história do amor de Jesus. Deixe-se em cada sermão um lugarzinho para benefício delas. O servo de Cristo pode fazer desses pequeninos, amigos duradouros. Não perca ele, portanto, oportunidade de os ajudar a se tornarem mais inteligentes no conhecimento das Escrituras. Isso contribuirá mais do que avaliamos para impedir o caminho aos ardis de Satanás. Se as crianças cedo se familiarizam com as verdades da Palavra de Deus, erguer-se-á uma barreira contra a impiedade, e elas serão habilitadas a enfrentar o inimigo com as palavras: "Está escrito." -- Obreiros Evangélicos, 208 (1915). Ev 349 2 Consagrar crianças -- Não se esqueça o ministro de animar os preciosos cordeiros do rebanho. Cristo, a majestade do Céu, disse: "Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a Mim; porque dos tais é o reino dos Céus." Jesus não manda as crianças aos rabis; não as manda aos fariseus, pois sabe que esses homens as ensinariam a rejeitar seu melhor amigo. As mães que levaram seus filhos a Jesus, fizeram bem. Lembrai-vos do texto: "Deixai os meninos e não os estorveis de vir a Mim; porque dos tais é o reino dos Céus." Levem as mães hoje seus filhos a Cristo. Tomem os ministros do evangelho as criancinhas nos braços, e abençoem-nas em nome de Jesus. Sejam dirigidas palavras do mais terno amor aos pequeninos; pois Jesus tomou os cordeiros do rebanho nos braços, e os abençoou. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1896. Ev 350 1 Sermões de Sábado para visitas -- Quando se acham presentes no local do culto homens de saber, estadistas e os chamados homens dignos de honra, o ministro pensa que lhes deve apresentar um banquete intelectual; buscando fazer isto, porém, ele perde preciosa oportunidade de ensinar as próprias lições que foram apresentadas pelo maior Mestre que o mundo já conheceu. Todas as congregações de nossa terra precisam aprender mais de Cristo, e Cristo crucificado. Uma experiência religiosa que não se baseia em Cristo e nEle unicamente, é destituída de valor. Esses homens de capacidade intelectual necessitam de uma apresentação clara, escriturística do plano da salvação. Seja-lhes apresentada a verdade, em sua singeleza e poder. Se isto não prender a atenção e despertar o interesse, nunca eles se poderão interessar nas coisas celestiais e divinas. Há, em toda congregação, almas insatisfeitas. Todo sábado elas querem ouvir alguma coisa definida, que explique a maneira por que podem ser salvas, como se podem tornar cristãs. O importante para elas saberem é: Como pode um pecador apresentar-se diante de Deus? Seja o caminho da salvação apresentado diante delas em simplicidade, tão claramente como o apresentaríeis a uma criancinha. Exaltai a Jesus como a única esperança do pecador. -- Manuscrito 4, 1893. Ev 350 2 Negligenciar a obra para ler e estudar -- Os deveres de um pastor são muitas vezes vergonhosamente negligenciados, porque o ministro não tem resistência para sacrificar suas inclinações pessoais para o isolamento e o estudo. O pastor deve fazer visitas de casa em casa entre o seu rebanho, ensinando, conversando e orando com cada família, e velando pelo bem-estar de suas almas. Os que têm manifestado desejo de se relacionar com os princípios de nossa fé, não devem ser negligenciados, mas completamente instruídos na verdade. -- Obreiros Evangélicos, 337 (1915). A responsabilidade dos leigos consagrados para com os recém-convertidos Ev 351 1 A igreja deve ajudar pacientemente os recém-convertidos -- Os recém-chegados à fé devem receber um trato paciente e benigno, e é dever dos membros mais antigos da igreja cogitar meios e modos para prover auxílio, simpatia e instrução para os que se retiraram conscienciosamente de outras igrejas por amor da verdade, separando-se assim dos cuidados pastorais a que estavam habituados. A igreja tem responsabilidade especial quanto a atender essas almas que seguiram os primeiros raios de luz recebidos; e caso os membros da igreja negligenciem este dever, serão infiéis ao depósito a eles confiado por Deus. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1896. Ev 351 2 Vigilante atenção e animação -- Depois de as pessoas se haverem convertido à verdade, cumpre sejam cuidadas. Parece que o zelo de muitos ministros esmorece assim que alcançam certa medida de êxito em seus esforços. Não compreendem que os novos conversos necessitam ser atendidos -- vigilante atenção, auxílio, animação. Não devem ser deixados a si mesmos, presa das mais poderosas tentações de Satanás; eles precisam ser instruídos com relação a seus deveres, ser bondosamente tratados, conduzidos e visitados, orando-se com eles. Essas almas necessitam do alimento dado a seu tempo a cada homem. Ev 351 3 Não admira que alguns desanimem, retardem-se pelo caminho, e sejam deixados por presa aos lobos. Satanás se acha no encalço de todos. Envia seus agentes para levarem de volta a suas fileiras as almas que perdeu. Deve haver mais pais e mães para tomarem ao colo esses infantes na verdade, e animá-los e orar com eles, para que sua fé não se confunda. Ev 352 1 Pregar é uma pequena parte da obra a ser feita pela salvação de almas. O Espírito de Deus convence os pecadores da verdade, e depõe-nos nos braços da igreja. Os ministros podem fazer sua parte, mas nunca poderão efetuar a obra que deve ser feita pela igreja. Deus requer que a igreja cuide dos que são jovens na fé e na experiência, que vão ter com eles, não no intuito de tagarelar com eles, mas de orar, de dirigir-lhes palavras que sejam "como maçãs de ouro em salvas de prata". Ev 352 2 Necessitamos todos estudar o caráter e as maneiras, a fim de sabermos lidar judiciosamente com os diferentes espíritos, e usar os melhores esforços para ajudá-los a ter correta compreensão da Palavra de Deus, e chegar a uma genuína vida cristã. Cumpre-nos ler a Bíblia com eles, desviando-lhes a mente das coisas temporais para seus interesses eternos. É dever dos filhos de Deus serem-Lhe missionários, relacionarem-se com os que carecem de auxílio. Se alguém está coxeando sob a tentação, seu caso deve ser considerado cuidadosamente, e tratado com sabedoria; pois acha-se em jogo seu interesse eterno, e as palavras e atos dos que estão trabalhando por ele podem ser um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. -- Testemunhos Selectos 1:454, 455 (1876). Ev 352 3 O plano de proteção -- Em Cristo, somos todos membros de uma família. Deus é nosso Pai, e espera que nos interessemos nos membros dessa família, não com um interesse casual, mas decidido e constante. Como varas da videira mãe, tiramos nutrição da mesma fonte e, por meio de voluntária obediência, tornamo-nos um com Cristo. Ev 353 1 Caso um membro da família de Cristo caia em tentação, os outros membros devem olhar por ele com bondoso interesse, procurando firmar os pés que se estão desviando para veredas falsas, e conquistando-o para uma vida pura e santa. Este serviço Deus requer de todo membro de Sua igreja. ... Os membros da família do Senhor devem ser sábios e vigilantes, fazendo tudo ao seu alcance para salvar seus irmãos mais fracos das ocultas redes de Satanás. Ev 353 2 Isto é trabalho missionário doméstico, e é tão proveitoso para os que o fazem, como para aqueles por quem é feito. O bondoso interesse que manifestamos no círculo doméstico, as palavras de simpatia que dizemos aos nossos irmãos e irmãs, habilitam-nos a trabalhar pelos membros da família do Senhor, com quem, uma vez que permaneçamos fiéis a Cristo, viveremos por todos os séculos. "Sê fiel até à morte", diz Cristo, "e dar-te-ei a coroa da vida." Portanto, quão cuidadosamente devem os membros da família do Senhor guardar seus irmãos e irmãs! Tornai-vos amigos seus. Se eles são pobres, e necessitados de alimento e vestuário, ministrai-lhes as necessidades temporais da mesma maneira que as espirituais. Ser-lhes-eis assim dupla bênção. -- Manuscrito 63, 1898. Ajudar os crentes novos a ganhar almas Ev 353 3 Trabalhai para instruir os crentes novos a ganhar almas -- Um lugar após outro deve ser visitado; uma igreja após outra, ser estabelecida. Os que se põem do lado da Verdade devem ser organizados em igrejas, e então, deve o ministro passar a outros campos igualmente importantes. Ev 353 4 Logo que seja organizada uma igreja, ponha o ministro os membros a trabalharem. Terão eles que ser ensinados a trabalhar com êxito. ... Ev 354 1 O poder do evangelho deve sobrevir aos grupos já formados de crentes, habilitando-os para o serviço. Alguns dos novos conversos serão de tal modo cheios do poder de Deus que se porão imediatamente a trabalhar. Trabalharão com tanta diligência que não terão tempo nem vontade de enfraquecer as mãos de seus irmãos com críticas descorteses. Seu único desejo será levarem a verdade às regiões além. -- Testemunhos Selectos 3:82, 83 (1902). Ev 354 2 Acentuar a responsabilidade pessoal para com Deus -- Responsabilidade e atividade pessoal no buscar a salvação de outros, eis a educação que deve ser ministrada a todos quantos chegaram recentemente à fé. ... A fé individual deve ser vivida e posta em prática, cultivada a santidade pessoal, e a mansidão e humildade de Cristo devem tornar-se parte de nossa vida prática. Importa que haja uma obra cabal e profunda no coração de todo instrumento humano. Ev 354 3 Aos que professam receber e crer a verdade, deve ser mostrada a influência mortal do egoísmo, e seu poder infeccionante, corruptor. O Espírito Santo precisa trabalhar no instrumento humano, do contrário, outro poder regerá a mente e o discernimento. O conhecimento espiritual de Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou, eis a única esperança da alma. Toda alma deve ser ensinada por Deus, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento; ela deve sentir sua responsabilidade individual para com Deus, de empenhar-se em serviço para seu Mestre, a quem pertence e a quem cumpre servir na obra de salvar almas da morte. -- Manuscrito 25, 1899. Ev 354 4 Os votos batismais -- compromisso de ganhar almas -- O povo de Deus deve experimentar nobre e generosa simpatia por todo ramo de serviço levado avante no grande campo da seara. Por seus votos batismais, acham-se comprometidos a fazer diligentes, abnegados esforços para promover, nas partes mais difíceis do campo, a obra de salvar almas. Deus tem posto em todo crente a responsabilidade de esforçar-se a fim de salvar os desamparados e oprimidos. -- Australasian Union Conference Record, 1 de Junho de 1903. Ev 355 1 Os verdadeiramente convertidos trabalharão por outros -- A graça divina nos recém-conversos é progressiva. É uma graça crescente, que é recebida, não para ser oculta sob o alqueire, mas comunicada para que outros sejam beneficiados. Aquele que está verdadeiramente convertido trabalhará para salvar outros que se encontram em trevas. Uma alma realmente convertida esforçar-se-á com fé para converter outra e ainda outra. Os que isto fazem são instrumentos de Deus, Seus filhos e filhas. Fazem parte de Sua grande firma, e a obra deles é ajudar a reparar a brecha feita por Satanás e seus instrumentos na lei de Deus pisando o sábado verdadeiro, e pondo em seu lugar um dia espúrio de descanso. -- Carta 29, 1900. Ev 355 2 Por que alguns crentes novos não progridem -- Almas humildes, simples de coração, confiantes, podem realizar uma obra que cause regozijo no Céu entre os anjos de Deus. Sua obra no lar, na vizinhança e na igreja será, em seus resultados, vasta como a eternidade. É por falta dessa obra que a vida cristã dos jovens conversos nunca excede ao ABC nas coisas divinas. São sempre criancinhas, necessitando sempre de serem alimentados de leite, e nunca aptos a partilhar do verdadeiro manjar do evangelho. -- Carta 61, 1895. Ev 355 3 Confirmados na fé pelo serviço -- Quando almas se convertem, ponde-as a trabalhar imediatamente. E, ao trabalharem elas segundo a sua capacidade, tornar-se-ão mais fortes. É enfrentando as influências oponentes que somos confirmados na fé. Ao brilhar a luz em seu coração, difundam elas os seus raios. Ensinai aos recém-conversos que devem entrar em comunhão com Cristo, a serem suas testemunhas, e tornarem-nO conhecido ao mundo. Ev 356 1 Ninguém deve ser presunçoso para entrar em debates, mas contar a simples história do amor de Jesus. Todos devem examinar constantemente as Escrituras quanto à razão de sua fé, de modo que, ao serem interrogados, possam dar "com mansidão e temor" "a razão da esperança que há" neles. Ev 356 2 O melhor remédio que podeis ministrar à igreja, não é pregar ou fazer sermões, mas providenciar trabalho para os membros. Caso se empenhasse em trabalho, o desalentado esqueceria em breve seu desânimo, o fraco se tornaria forte, o ignorante inteligente, e todos estariam preparados para apresentar a verdade tal como é em Jesus. Encontrarão um infalível ajudador nAquele que prometeu salvar a todos quantos se chegam a Ele. -- The Review and Herald, 25 de Junho de 1895. Ev 356 3 A relação da atividade com a espiritualidade -- Os que se acham mais ativamente empenhados em fazer, com interessada fidelidade, sua obra de ganhar almas para Jesus Cristo, são os mais desenvolvidos em espiritualidade e devoção. Seu próprio trabalho ativo proporcionou os meios à sua espiritualidade. Há risco de a religião perder em profundidade o que adquire em amplitude. Não é necessário que seja assim, uma vez que, em vez de longos sermões, seja ministrada sábia instrução aos recém-convertidos à fé. Ensinai-os dando-lhes alguma coisa a fazer, em qualquer ramo de serviço espiritual, para que seu primeiro amor não arrefeça, mas aumente em fervor. Fazei-os sentir que não devem ser carregados e apoiar-se na igreja; mas devem ter raízes em si mesmos. Eles podem, segundo suas várias aptidões, ser úteis à igreja em muitos sentidos, ajudando-a a aproximar-se mais de Deus, e trabalhando de vários modos para atuar nos elementos fora da igreja, o que será um meio de atuar beneficamente sobre ela. A sabedoria e prosperidade desta exercem poderosa influência em seu favor. O salmista orava pela prosperidade da igreja: "Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o Seu rosto sobre nós. Para que se conheça na Terra o Teu caminho, e em todas as nações a Tua salvação." -- Carta 44, 1892. Ev 357 1 Evidenciar-se-á o desenvolvimento cristão -- Coisa alguma desvitaliza mais rapidamente a espiritualidade da alma, do que encerrá-la no egoísmo e no cuidar unicamente de si. Os que condescendem com o próprio eu e negligenciam cuidar da alma e do corpo daqueles pelos quais Cristo deu a vida, não estão se alimentando do pão da vida, nem bebendo da água do poço da salvação. Acham-se secos e destituídos de seiva, como uma árvore que não dá fruto. São anões espirituais, que consomem os próprios recursos com o eu; mas "tudo o que o homem semear, isso também ceifará". Ev 357 2 Os princípios cristãos patentear-se-ão sempre. Os princípios interiores manifestar-se-ão por mil modos. Morando Cristo na alma, é como uma fonte que jamais se esgota. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1895. Ev 357 3 Manter a igreja viva mediante o serviço -- Busque ele [o ministro] manter a igreja viva ensinando seus membros a trabalharem com ele pela conversão dos pecadores. Isto é ser bom general; e o resultado se demonstrará muito melhor do que se ele procurar realizar a obra sozinho. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1908. Proteger os membros novos contra o erro e o fanatismo Ev 357 4 Satanás aborrece e perturba os novos crentes -- Onde quer que haja um pequeno grupo de crentes, Satanás está constantemente procurando aborrecê-los e desviá-los. Quando alguém do povo se desvia de seus pecados, supondes acaso que ele o deixará em paz? De modo nenhum! Queremos que considereis bem o fundamento de vossa esperança. Queremos que façais com que vossa vida e vossas ações testifiquem de que sois filhos de Deus. -- Manuscrito 5, 1885. Ev 358 1 Não lhe faltam ismos para iludir os crentes novos -- Satanás está continuamente buscando levar os homens ao erro. Ele é o deus de toda dissensão, e não lhe faltam ismos a apresentar para iludir. Levantam-se de contínuo novas seitas para desviar da verdade; e em vez de serem alimentados com o pão da vida, serve-se ao povo um prato de fábulas. As Escrituras são torcidas e, tiradas de seu devido contexto, são citadas a fim de darem à falsidade aparência de verdade. Subtraem-se as vestes da verdade para ocultar o aspecto da heresia. Ev 358 2 Paulo implantou as puras verdades do evangelho na Galácia. Pregou a doutrina da justificação pela fé, e seu trabalho foi recompensado vendo a igreja gálata convertida ao evangelho. Então Satanás começou a trabalhar por intermédio de falsos mestres para confundir o espírito de alguns dos crentes. A jactância desses mestres, e a manifestação de seu poder de operar maravilhas, cegaram a visão espiritual de muitos dos novos conversos, e foram induzidos ao erro. ... Ev 358 3 Por algum tempo Paulo perdeu o domínio sobre os que haviam sido enganados; apoiando-se, porém, na Palavra e no poder de Deus, e recusando as interpretações dos mestres apóstatas, foi capaz de levar os conversos a verem que haviam sido iludidos, derrotando assim os desígnios de Satanás. Os novos conversos volveram à fé, preparados para, com inteligência tomar sua decisão em favor da verdade. -- Manuscrito 43, 1907. Ev 359 1 Doutrinas errôneas por parte de crentes professos -- Seremos todos provados. Pessoas que pretendem crer na verdade virão a nós e insistirão por nos convencer de doutrinas errôneas, que perturbarão nossa fé na verdade presente, caso lhes demos atenção. Unicamente a verdadeira religião subsistirá à prova do juízo. -- The Review and Herald, 2 de Dezembro de 1884. Ev 359 2 Os esforços de Satanás para dividir o povo de Deus -- Cristo predisse que o aparecimento de enganadores seria acompanhado de mais perigos para Seus discípulos do que a própria perseguição. Ev 359 3 Esta advertência é várias vezes repetida. Contra os sedutores, com seus problemas científicos, deviam acautelar-se mais do que contra qualquer outro perigo que eles tivessem de enfrentar; pois a entrada desses espíritos sedutores significa a introdução dos erros especiosos, engenhosamente preparados por Satanás para enfraquecer as percepções espirituais dos que não tiveram senão pequena experiência nas operações do Espírito Santo, e dos que ficam satisfeitos com um bem limitado conhecimento espiritual. O esforço dos sedutores tem sido minar a confiança na verdade de Deus e tornar impossível discernir a verdade do erro. Problemas científicos admiravelmente aprazíveis, fantasiosos, são apresentados com insistência à atenção dos incautos; e a menos que os crentes se achem em guarda, o inimigo, disfarçado em anjo de luz, induzi-los-á a seguirem falsos caminhos. ... Ev 359 4 Satanás pode jogar habilmente a partida da vida com muitas almas, e opera de maneira capciosa, enganadora, para estragar a fé do povo de Deus e o desanimar. ... Ele trabalha hoje como o fez no Céu, para dividir o povo de Deus, justamente na etapa final da história terrestre. Ele busca suscitar dissensão, levantar contenda e discussão, e remover, se possível, os velhos marcos da verdade confiada ao povo de Deus. Procura fazer parecer como se o Senhor Se contradissesse. Ev 360 1 É quando Satanás aparece como anjo de luz que ele apanha as almas em sua cilada, enganando-as. Homens que pretendem haver sido ensinados por Deus, adotarão teorias enganadoras, e em seu ensino adornarão por tal forma esses enganos que introduzirão ilusões satânicas. Assim se apresentará o adversário como um anjo de luz, e terá ensejo de introduzir suas fábulas aprazíveis. Ev 360 2 Esses falsos profetas terão de ser enfrentados. Farão um esforço para enganar a muitos, induzindo-os a aceitar falsas teorias. Muitas passagens serão de tal modo mal aplicadas, que as teorias enganosas basear-se-ão aparentemente nas palavras que Deus proferiu. A preciosa verdade será aplicada a consubstanciar e estabelecer o erro. Esses falsos profetas, que pretendem ser ensinados por Deus, tomarão belos textos dados para adornar a verdade, e usá-los-ão como um vestido de justiça para encobrir teorias falsas e perigosas. E mesmo alguns daqueles que, em tempos passados, foram honrados pelo Senhor, apartar-se-ão tanto da verdade que advogarão teorias desorientadoras com respeito a muitos aspectos da verdade, inclusive a questão do santuário. -- Manuscrito 11, 1906. Ev 360 3 A igreja será peneirada -- É sempre difícil manter firme o princípio de nossa confiança até ao fim, e a dificuldade aumenta quando há influências ocultas sempre em operação para introduzir outro espírito, um elemento antagônico, no lado satânico da questão. Ev 360 4 Na ausência da perseguição, têm entrado para nossas fileiras homens que parecem sãos, de inquestionável cristianismo, mas que, caso surgisse a perseguição, sairiam de nós. No momento da crise, veriam força em especiosas razões que têm tido influência em seu espírito. Satanás tem preparado laços vários para os vários espíritos. Ev 361 1 Quando for anulada a lei de Deus, a igreja será peneirada por ardentes provações, e uma proporção maior do que agora prevemos dará ouvidos a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios. Em vez de serem fortalecidos quando levados a situações angustiosas, muitos provam não serem varas vivas da Videira verdadeira, não dão fruto, e o lavrador os corta fora. -- Carta 3, 1890. Ev 361 2 Apegar-se firmemente à verdade bíblica -- O cristão deve estar "arraigado e fundado" na verdade, a fim de permanecer firme contra as tentações do inimigo. Precisa ter constante renovação de forças, e apegar-se firmemente à verdade bíblica. Fábulas de toda espécie serão introduzidas para seduzir o crente a afastar-se de sua aliança com Deus, porém ele deve olhar para cima, crer em Deus, e permanecer firmemente arraigado e fundado na verdade. Ev 361 3 Mantende firme apego ao Senhor Jesus, e nunca O largueis. Tende convicções firmes quanto ao que credes. Guiem-vos as verdades da Palavra de Deus a consagrar espírito, alma, coração e forças ao cumprimento de Sua vontade. Apegai-vos resolutamente a um claro "Assim diz o Senhor". Seja vosso único argumento: "Está escrito." Assim devemos batalhar pela fé uma vez entregue aos santos. Essa fé não perdeu nada de seu caráter sagrado, santo, embora possam seus oponentes julgá-la objetável. Ev 361 4 Os que seguem a seus próprios pensamentos e andam em seus próprios caminhos, formarão caráter torcido. Doutrinas vãs e sentimentos sutis serão introduzidos com apresentações plausíveis, para enganar, se possível, até os escolhidos. Estão os membros da igreja construindo sobre a Rocha? A tempestade vem, a tempestade que há de provar a fé de todo homem, de que espécie é. Os crentes devem estar agora firmemente arraigados em Cristo, do contrário serão extraviados por algum aspecto do erro. Seja a vossa fé consubstanciada pela Palavra de Deus. Agarrai firmemente o testemunho vivo da verdade. Tende fé em Cristo como Salvador pessoal. Ele tem sido e será sempre a nossa Rocha dos Séculos. O testemunho do Espírito de Deus é verdadeiro. Não troqueis vossa fé por qualquer aspecto de doutrina, que vos seduza a alma, por mais aprazível que pareça. Ev 362 1 Os enganos de Satanás estão se multiplicando agora, e os que se apartam da senda da verdade perderão o seu apoio. Não tendo nada em que ancorar, flutuarão de um engano para outro, impelidos de um para outro lado pelos ventos de doutrinas estranhas. Satanás desceu com grande poder. Muitos serão enganados por seus milagres. ... Ev 362 2 Rogo a todos que estejam esclarecidos e firmes quanto a certas verdades que temos ouvido e recebido e advogado. As declarações da Palavra de Deus são claras. Firmai os pés na plataforma da verdade eterna. Rejeitai qualquer aspecto do erro, mesmo que ele se ache velado com uma aparência de realidade. -- The Review and Herald, 31 de Agosto de 1905. Ev 362 3 Desvios dos marcos bíblicos -- Muitos conhecem tão pouco da Bíblia, que não estão firmados na fé. Removem os marcos antigos, e os enganos e ventos de doutrina os impelem para lá e para cá. A falsamente chamada ciência, está corroendo o fundamento dos princípios cristãos; e aqueles que se achavam outrora na fé se afastam dos marcos bíblicos, e se divorciam de Deus ao passo que pretendem ainda ser Seus filhos. -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1896. Ev 362 4 Novos grupos de crentes professos -- A igreja precisa despertar para a compreensão dos poderes sutis dos instrumentos satânicos que importa enfrentar. Caso se conservem revestidos de toda a armadura, serão capazes de vencer todos os inimigos que encontrarem, alguns dos quais ainda não se desenvolveram. Ev 363 1 Aumentarão em número e poder as confederações, à medida que nos aproximarmos do fim do tempo. Estas confederações suscitarão influências contrárias à verdade, formando novos grupos de professos crentes que viverão segundo suas enganadoras teorias. Aumentará a apostasia. "Apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." Homens e mulheres se têm confederado para opor-se ao Senhor Deus do Céu, e a igreja não está senão meio desperta quanto à situação. Importa que haja muito mais oração, muito mais esforço fervoroso entre os crentes professos. -- The Review and Herald, 5 de Agosto de 1909. Ev 363 2 Perigo na ignorância de nossa história passada -- Toda experiência genuína nas doutrinas religiosas, apresentará o cunho de Jeová. Todos devem ver a necessidade de compreender a verdade por si mesmos, individualmente. Precisamos compreender as doutrinas que foram estudadas com cuidado e oração. Foi-me revelado que há entre nosso povo grande falta de conhecimento quanto ao surgimento e progresso da terceira mensagem angélica. Grande é a necessidade de examinar o livro de Daniel e o de Apocalipse, e aprender cabalmente os textos, a fim de sabermos o que está escrito. Ev 363 3 A luz que me foi dada tem acentuado deveras que muitos hão de sair de nós, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. O Senhor deseja que toda alma que professa crer na verdade tenha um conhecimento inteligente do que seja a verdade. Levantar-se-ão falsos profetas e enganarão a muitos. Será sacudido tudo quanto possa ser sacudido. Não cumpre então a cada um compreender as razões de nossa fé? Em lugar de haver tantos sermões, deve haver mais acurado estudo da Palavra de Deus, abrindo as Escrituras texto por texto, e procurando as fortes evidências que apóiam as doutrinas fundamentais que nos trouxeram ao ponto em que nos encontramos hoje, sobre a plataforma da verdade eterna. Ev 364 1 Minha alma se entristece deveras ao ver quão prontamente alguns que têm tido a luz da verdade aceitarão os enganos de Satanás, e serão seduzidos por uma santidade espúria. Quando os homens se desviam dos marcos estabelecidos pelo Senhor a fim de compreendermos nossa posição segundo se acha indicada na profecia, vão indo sem saber para onde. -- Manuscrito 185, 1897. Ev 364 2 Erros atrativamente ensinados -- Abundam ao nosso redor falsas doutrinas, falsa piedade, falsa fé e muito do que é na aparência sincero. Mestres virão vestidos como anjos de luz; e, se possível enganarão até aos escolhidos. A juventude precisa aprender tudo quanto lhe seja possível da verdade, caso não queira ser enganada pelo enredo de falsidades que Satanás inventará. Eles devem viver à luz da justiça de Cristo. Precisam estar arraigados e fundados na verdade, de modo a poderem comunicar a outros a luz que recebem. -- The Youth's Instructor, 22 de Abril de 1897. Ev 364 3 Os perigos da religião sensacionalista -- Não há nenhuma segurança, muito menos benefício para nosso povo, em assistir a essas reuniões populares de santidade [refere-se a um movimento fanático muito em voga naquele tempo]; examinemos antes as Escrituras com muito cuidado e fervorosa oração, a fim de compreendermos o fundamento de nossa fé. Não seremos então tentados a misturar-nos com os que, ao passo que fazem altas profissões, encontram-se em oposição à lei de Deus. Ev 364 4 Não devemos ter uma religião sensacionalista, destituída de fundamento na verdade. Importa dar ao povo sólida instrução quanto às razões de nossa fé. Precisam ser instruídos, em grau incomparavelmente maior do que têm sido, nas doutrinas da Bíblia, e especialmente nas lições práticas dadas por Jesus a Seus discípulos. Os crentes precisam ser impressionados com a grande necessidade que têm de conhecimento bíblico. Requer penoso esforço o gravar na mente de todos os sólidos argumentos da verdade; pois todos serão provados, e os que se acham arraigados e fundados na obra de Deus, não serão abalados pelas heresias que se levantarão de todos os lados; mas se qualquer um negligenciar obter o necessário preparo, será assolado pelos erros que têm aparência de verdade. -- Gospel Workers, 228, 229 (1892). Ev 365 1 Confusões de Babilônia e do anticristo -- É nosso dever individual andar humildemente diante de Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem nova e estranha. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, os quais estão buscando andar na luz, compõem Babilônia. As igrejas das denominações caídas, são Babilônia. Babilônia tem fomentado doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro constitui-se de falsas doutrinas, como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da preexistência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, e a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santificado e santo dia de Deus. Estes e outros erros congêneres são apresentados ao mundo pelas várias igrejas. ... Ev 365 2 Os anjos caídos formam na Terra confederações com os homens maus. Nesta época o anticristo aparecerá como o verdadeiro Cristo, e então a lei de Deus será inteiramente anulada nas nações de nosso mundo. A rebelião contra a santa lei de Deus amadurecerá plenamente. Mas o verdadeiro líder de toda essa rebelião é Satanás, vestido como anjo de luz. Os homens serão enganados e exaltá-lo-ão ao lugar de Deus, e deificá-lo-ão. -- The Review and Herald, 12 de Setembro de 1893. Ev 366 1 Os crentes devem continuar a examinar as escrituras -- Não basta meramente ler, mas a Palavra de Deus precisa penetrar-nos no coração e no entendimento, a fim de nos podermos firmar na bendita verdade. Se negligenciarmos investigar por nós mesmos as Escrituras, para sabermos o que é a verdade, então se formos desviados, somos responsáveis por isto. Cumpre-nos examinar as Escrituras cuidadosamente, de maneira a conhecermos toda condição que o Senhor nos deu; e se somos dotados de limitada capacidade mental, mediante diligente exame da Palavra de Deus podemos tornar-nos poderosos nas Escrituras, e as podemos explicar aos outros. -- The Review and Herald, 3 de Abril de 1888. Ev 366 2 Nossos livros valiosos em firmar crentes novos -- Muitos se desviarão da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores. Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito são livros especialmente próprios para os que chegaram de pouco à fé, para que sejam firmados na verdade. São indicados os perigos que devem ser evitados pelas igrejas. Os que se familiarizam inteiramente com as lições desses livros, verão os perigos que lhes estão adiante, e serão aptos a discernir a senda plana e direita para eles traçada. Serão guardados de veredas estranhas. Farão retos caminhos para seus pés, para que o coxo se não desvie. Ev 366 3 Em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e Daniel e Apocalipse, há preciosas instruções. Estes livros precisam ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito para os pôr diante do povo. -- Carta 229, 1903. Ev 366 4 Bom discernimento em lidar com os novos membros -- Ações precipitadas e inconsideradas são resultantes de falta de discernimento, e levam a fazer mal. Mas o que é mais para lamentar é que os novos conversos serão prejudicados por essa influência, e sua confiança na causa de Deus será abalada. Oremos para que quando vier o tempo de agir, possamos estar preparados. -- Carta 16, 1907. Recuperar os desviados Ev 367 1 Guardai-vos da apostasia -- Cumpre exercer cuidado no educar os conversos jovens. Eles não devem ser deixados a si mesmos, para serem desviados por falsas apresentações, para andarem em caminho errado. Estejam os atalaias constantemente em guarda, não sejam almas iludidas por palavras suaves e belos discursos e sofismas. Ensinai fielmente tudo quanto Cristo ordenou. Todo aquele que recebe a Cristo deve ser exercitado em desempenhar alguma parte na grande obra a ser realizada em nosso mundo. -- Carta 279, 1905. Ev 367 2 Causa de apostasia da parte de novos membros -- Deve-se gravar em todo recém-converso a verdade de que todo conhecimento permanente só se pode obter mediante diligente labor e estudo perseverante. Em regra, os que se convertem à verdade que pregamos não foram anteriormente diligentes estudantes das Escrituras; pois nas igrejas populares há pouco estudo real da Palavra de Deus. O povo espera que os ministros investiguem as Escrituras por eles, e expliquem o que ensinam. Ev 367 3 Muitos aceitam a verdade sem cavar fundo para entender seus princípios básicos; e, ao ser ela atacada, esquecem os argumentos e provas que as fundamentam. Foram levados a crer na verdade, mas não foram instruídos plenamente quanto ao que ela seja, ou guiados ponto por ponto no conhecimento de Cristo. Muitas vezes sua piedade degenera numa forma e, quando já não se fazem sentir os apelos que primeiramente os despertaram, tornam-se espiritualmente mortos. -- Obreiros Evangélicos, 368 (1915). Ev 368 1 Lidar com membros faltosos -- Os que são mandados por Deus a fazer uma obra especial, serão chamados a repreender heresias e erros. Eles devem exercer a caridade bíblica para com todos os homens, apresentando a verdade tal como é em Jesus. Alguns serão diligentíssimos e zelosíssimos em sua resistência à verdade; mas se bem que suas faltas devam ser expostas firmemente, e suas más práticas condenadas, importa exercer longanimidade, paciência e clemência para com eles. "E tende piedade de uns, usando de discernimento: aos outros porém, salvai com temor, arrebatando-os do fogo, aborrecendo até a túnica manchada da carne." (Trad. Trinitária.) Ev 368 2 Talvez a igreja seja chamada a demitir de sua comunhão os que não se corrigirem. É um doloroso dever que tem de ser cumprido. Triste é, na verdade um tal passo, e não deve ser dado enquanto não houver falhado todo outro meio de corrigir e salvar o que está em erro. Ev 368 3 Cristo nunca fez paz mediante qualquer coisa como a transigência. O coração dos servos de Deus transbordará de amor e simpatia pelos errantes, como nos é apresentado na parábola da ovelha perdida; não terá, porém, palavras suaves para o pecado. Mostram a mais verdadeira amizade os que reprovam o erro e o pecado sem parcialidade e sem hipocrisia. Jesus viveu em meio de uma geração pecaminosa e perversa. Ele não podia estar em paz com o mundo a menos que os deixasse sem advertência, sem reprovação, e isto não estaria de acordo com o plano da salvação. -- Carta 12, 1890. Ev 368 4 Lidar com os erros ao modo de Deus -- Deus não Se agrada com a obra negligente feita nas igrejas. Ele espera que Seus mordomos sejam leais e fiéis em reprovar e corrigir. Eles têm de expelir o erro segundo a regra que Deus deu em Sua Palavra, não segundo suas próprias idéias e impulsos. Não se devem usar meios ásperos, não se faça nenhuma obra injusta, precipitada, impulsiva. Os esforços feitos para purificar a igreja da contaminação moral devem ser feitos ao modo de Deus. Não deve haver nenhuma parcialidade, nem hipocrisia. Não deve haver favoritos, cujos pecados sejam considerados como menos pecaminosos que os de outros. Oh, quanto necessitamos todos do batismo do Espírito Santo! Então procederemos sempre no espírito de Cristo, com bondade, compaixão e simpatia, mostrando amor pelo pecador ao mesmo tempo que aborrecemos o pecado com ódio perfeito. -- Manuscrito 8a, 1888. Ev 369 1 Como Paulo corrigia os erros -- As contendas no corpo de crentes não são segundo o sistema de Deus. Elas procedem da manifestação dos atributos do coração natural. A todos quantos introduzem desordem e desunião, aplicam-se as palavras de Paulo: "E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco agora podeis." Paulo dirige-se aqui a um povo cujo desenvolvimento não era proporcional a seus privilégios e oportunidades. Eles deviam ter sido capazes de suportar ouvir a positiva Palavra de Deus, mas se encontravam na posição em que estavam os discípulos quando Cristo lhes disse: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." Eles deviam ter sido muito mais adiantados no conhecimento espiritual, aptos a compreender e praticar as mais elevadas verdades da Palavra; porém não estavam santificados. Haviam esquecido que precisavam purificar-se de suas tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e que não deviam nutrir atributos carnais. Ev 370 1 Impossível era ao apóstolo reprovar o mau procedimento sem que alguns que professavam crer na verdade ficassem ofendidos. O testemunho inspirado não podia fazer bem a essas pessoas; pois haviam perdido o discernimento espiritual. Os ciúmes, as ruins suspeitas, as acusações, cerravam a porta à operação do Espírito Santo. Paulo se haveria de boa vontade demorado em verdades mais altas e difíceis, verdades ricas em nutrição, mas suas instruções haveriam ferido diretamente as tendências deles para os ciúmes, e não haveriam sido recebidas. Os mistérios divinos da piedade, que os teriam habilitado a apreender as verdades necessárias para aquele tempo, não podiam ser ditas. O apóstolo precisava escolher as lições que, à semelhança do leite, podiam ser tomadas sem irritar os órgãos digestivos. Verdades do mais profundo interesse não podiam ser ditas, porque os ouvintes as aplicariam e adaptariam mal, apresentando-as a novos conversos que necessitavam apenas das mais simples verdades da Palavra. ... Ev 370 2 Santidade a Deus por meio de Cristo é requerido dos cristãos. Caso haja erros na igreja, devem merecer imediata atenção. Alguns talvez tenham de ser severamente repreendidos. Isto não é fazer nenhuma injustiça ao faltoso. O fiel médico da alma corta fundo, a fim de que não seja deixada nenhuma parte contaminada para tornar a brotar. Depois de haver sido dada a repreensão, vêm o arrependimento e a confissão, e Deus perdoará abundantemente e curará. Ele perdoa sempre que é feita a confissão. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900. Ev 370 3 Perturbadores de Sião -- Há em nossas igrejas pessoas que professam a verdade, as quais não passam de estorvos à obra de reforma. São embaraços às rodas do carro da salvação. Esta classe encontra-se em freqüentes provas. Dúvidas, ciúmes, suspeitas, são frutos do egoísmo, e parecem estar entretecidos em sua própria natureza. Denominarei essa classe murmuradores crônicos da igreja. Eles lhe causam mais dano, do que dois ministros são capazes de desfazer. São uma sobrecarga à igreja, e grande peso aos ministros de Cristo. Vivem numa atmosfera de dúvidas, ciúmes e suspeitas. São exigidos muito tempo e labor dos embaixadores de Cristo para desfazer sua má obra, e restaurar na igreja a harmonia e a união. Isto saca o ânimo e as energias dos servos de Deus, incapacitando-os para a obra que Ele tem para eles -- salvar da ruína as almas que perecem. O Senhor retribuirá a esses perturbadores de Sião segundo as suas obras. Ev 371 1 Os ministros de Cristo devem ocupar seu lugar, e não serem entravados no trabalho que lhes cabe por esses agentes de Satanás. Haverá muitos desses para duvidar e torcer, e criticar para manter os ministros de Deus constantemente ocupados, caso eles se permitam ser detidos na grande obra de dar a última salvadora mensagem de advertência ao mundo. Caso a igreja não tenha força para se opor aos sentimentos profanos, rebeldes dos murmuradores da igreja, melhor é deixar cair ao mar igreja e murmuradores juntamente, do que perder a oportunidade de salvar centenas que formariam igrejas melhores, e que possuem em si mesmas os elementos da força, da união e do poder. Ev 371 2 A melhor maneira de agir para os ministros e as igrejas, é deixar essa classe crítica e torcida voltar ao seu próprio elemento, e remar para longe da praia, atirar-se ao mar alto, lançando a rede do evangelho novamente em busca de peixes que lhes compensem o trabalho com eles. Satanás exulta quando abraçam a verdade homens e mulheres naturalmente críticos e que lançarão contra o avançamento da obra de Deus toda treva e entraves que lhes for possível. Os ministros não podem agora, nesta importante fase da obra, ser detidos para escorar homens e mulheres que vêem e sentiram uma vez a força da verdade. Cumpre-lhes firmar em Cristo cristãos que crêem -- em Cristo, que é capaz de os suster e guardar irrepreensíveis para Sua vinda, ao irem eles para novos campos de labor. -- The True Missionary, Fevereiro de 1874. Rebatismo Ev 372 1 Quando o batismo anterior não satisfaz -- Muitos há, atualmente, que violaram, sem saber, os preceitos da lei de Deus. Quando o entendimento é esclarecido, e as reivindicações do quarto mandamento são insistentemente apresentadas à consciência, eles se reconhecem pecadores diante de Deus. "O pecado é o quebramento da lei" e "qualquer que... tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos." Ev 372 2 O sincero indagador da verdade não alega ignorância da lei como desculpa para a transgressão. A luz estava ao seu alcance. A Palavra de Deus é clara, e Cristo lhe manda examinar as Escrituras. Ele reverencia a lei de Deus como santa, justa e boa, e se arrepende de sua transgressão. Alega, pela fé, o sangue expiador de Cristo, e apodera-se da promessa de perdão. Seu batismo anterior não o satisfaz agora. Viu-se pecador, condenado pela lei de Deus. Experimentou novamente a morte para o pecado, e deseja ser de novo sepultado com Cristo no batismo, para que possa ressurgir para andar em novidade de vida. Tal atitude está em harmonia com o exemplo de Paulo batizando os judeus convertidos. Esse incidente foi registrado pelo Espírito Santo como lição instrutiva para a igreja. -- Sketches From the Life of Paul, 133 (1883). Ev 372 3 Não se tornar um ponto de prova para os novos crentes -- A questão do rebatismo deve ser tratada com o máximo cuidado. Depois de ser apresentada a questão do sábado e outros pontos importantes de nossa fé, e de as almas manifestarem coragem moral para se colocarem ao lado da verdade, verão esta questão à luz da Bíblia, uma vez que estejam plenamente convertidas. Mas alguns têm tratado desavisadamente desses assuntos, e Deus tem enviado repetidas reprovações. Os que colocam na frente o assunto do rebatismo, fazendo-o de tanta importância como o do sábado, não estão causando a devida impressão na mente das pessoas, nem apresentando corretamente a questão. Requer grande discriminação introduzir verdades afins com o sábado, manejando bem a Palavra, dando a cada um no devido tempo, sua porção de alimento. Ev 373 1 Os que tomam sobre si a cruz do sábado, têm tremenda batalha a combater com o próprio eu e os interesses egoístas que se querem interpor entre sua alma e Deus. Então, ao darem este grande passo e firmarem os pés na plataforma da verdade eterna, precisam ter tempo para se habituarem a essa nova posição, sem que os apressem na questão do rebatismo. Ninguém deve tornar-se consciência para outro ou insistir e fazer pressão quanto ao rebatismo. Ev 373 2 Isto é um assunto em que cada indivíduo precisa conscienciosamente tomar sua atitude no temor de Deus. Deve ser cuidadosamente apresentado no espírito de benignidade e de amor. Portanto, o dever de insistir não pertence a ninguém senão a Deus; dai-Lhe oportunidade de operar por meio de Seu Espírito Santo na mente, de modo que o indivíduo seja perfeitamente convencido e satisfeito no que respeita a esse passo avançado. Nunca se deve permitir que se introduza e prevaleça nesse assunto o espírito de debate e contenda. Não tomeis a obra do Senhor das Suas para vossas próprias mãos. Os que têm tomado conscienciosamente uma atitude quanto aos mandamentos de Deus, uma vez que se lide com eles devidamente, hão de aceitar toda verdade essencial. Exige, porém, sabedoria o lidar com a mente humana. Alguns serão mais tardios em ver e compreender algumas verdades correlacionadas do que outros, especialmente no que respeita ao rebatismo; porém há mão divina a guiá-los -- um espírito divino impressionando-lhes o coração, e eles saberão o que lhes cumpre fazer, e o farão. Ev 374 1 Nenhum de nossos zelosos irmãos faça mais que o necessário nessa questão. Estarão em risco de ir adiante do Senhor, e criar para outros provas que Ele não lhes solicitou a criar. Não é a tarefa de nenhum de nossos instrutores insistir no rebatismo de ninguém. Cumpre-lhes assentar os grandes princípios das verdades bíblicas; isto especialmente no que diz respeito ao rebatismo. Deixai então a Deus a obra de convencer a mente e o coração. ... Ev 374 2 Toda alma sincera que aceita o sábado do quarto mandamento, verá e compreenderá a seu tempo o dever que lhe cabe. Mas isto levará tempo da parte de alguns. Não é um assunto a ser impelido ou forçado quanto aos que chegaram recentemente à verdade, porém esse assunto atuará como o fermento; o processo será lento e quieto, mas fará sua obra, caso nossos irmãos que ministram não sejam demasiado apressados e malogrem o desígnio de Deus. Ev 374 3 Os que atentaram por muito tempo para esse assunto, vêem-no bem claramente, e pensam que todos os outros deviam ver tal como eles vêem. Não consideram que, para alguns dos recém-chegados à fé, isso parece como negar toda a sua vida religiosa passada. A seu tempo, porém, chegarão a ver e considerar o assunto diferentemente. Como a verdade esteja constantemente se desenvolvendo no seu espírito, verão os passos avançados que devem dar; nova luz irradiará em seu caminho; o Espírito de Deus lhes operará na mente, uma vez que homens não interfiram e os procurem impelir às atitudes que julgam ser a verdade. Ev 375 1 Ora, fique claramente compreendido, de tempos a tempos, em toda a nossa experiência, Deus me tem dado testemunhos de advertência para nossos irmãos relativamente ao tratar do rebatismo. Nosso bom irmão _____ e vários outros de nossos ministros, foi-me mostrado, estavam cometendo um erro em determinado ponto de sua vida em acentuar o rebatismo e fazer dele uma prova de discipulado. Esta não é a maneira por que a questão deve ser tratada. É assunto para ser lidado como um grande privilégio e bênção, e todos quantos são rebatizados, caso tenham a justa idéia acerca dessa questão, assim hão de considerá-la. Esses bons irmãos não estavam levando os recém-chegados à fé passo a passo, cautelosamente, e o resultado é que alguns se desviaram da verdade, quando um pouco de tempo e um trato benigno e cuidadoso com eles haveriam impedido todos esses tristes resultados. -- Carta 56, 1886. Ev 375 2 Reconversão e rebatismo de adventistas do sétimo dia -- O Senhor requer decidida reforma. E quando uma alma está verdadeiramente reconvertida, seja ela rebatizada. Renove ela seu concerto com Deus, e Deus renovará Seu concerto com ela. ... Importa haver reconversão entre os membros, para que, como testemunhas de Deus, testifiquem da autoridade e poder da verdade que santifica a alma. -- Carta 63, 1903. Providenciar edifícios de igreja Ev 375 3 Monumentos da verdade -- Quando se desperta um interesse em qualquer vila ou cidade, esse interesse deve ser atendido. O lugar deve ser cabalmente trabalhado, até que se erga humilde casa de culto como sinal, um monumento do sábado de Deus, uma luz em meio da treva moral. Esses monumentos devem erigir-se em muitos lugares como testemunhas da verdade. Em Sua misericórdia, Deus providenciou para que os mensageiros do evangelho vão a todo país, e língua, e povo, até que a bandeira da verdade seja plantada em todas as partes do mundo habitado. -- Testimonies for the Church 6:100 (1900). Ev 376 1 Ele assegura uma obra estável -- Onde quer que se levante um grupo de crentes, deve construir-se uma casa de culto. Não deixem os obreiros o lugar sem fazer isto. Ev 376 2 Em muitos lugares em que a mensagem tem sido pregada e almas a têm aceito, elas se encontram em situação restrita, e não podem fazer senão pouca coisa no sentido de assegurar vantagens que dariam crédito à obra. Muitas vezes isto torna difícil o estender o trabalho. Ao se interessarem as pessoas na verdade, é-lhes dito por ministros de outras igrejas -- e essas palavras são ecoadas pelos membros da igreja -- "Esse povo não tem igreja, e vocês não têm lugar de culto. Vocês são um pequeno grupo, pobre e iletrado. Dentro de pouco tempo os ministros irão embora, e então o interesse se extinguirá. Então vocês abandonarão todas essas idéias novas que aceitaram". Ev 376 3 Podemos nós supor que isto não cause forte tentação aos que vêem as razões de nossa fé, e são convencidos pelo Espírito de Deus quanto à verdade presente? Tem de ser muitas vezes repetido que, de um pequeno começo, podem-se desenvolver grandes interesses. Caso se manifestem de nossa parte sabedoria, santo discernimento e hábil direção no fundamentar os interesses do Reino de nosso Redentor, faremos tudo em nosso poder para assegurar o povo da estabilidade de nossa obra Humildes santuários serão erguidos, onde os que aceitarem a verdade encontrem um lugar para adorar a Deus segundo os ditames de sua consciência. -- Testimonies for the Church 6:100, 101 (1900). Ev 377 1 Adquirir propriedades na cidade -- Em toda cidade em que a verdade for proclamada, devem-se erigir igrejas. Em algumas cidades grandes, importa haver templos em várias partes da cidade. Em alguns lugares, oferecer-se-ão casas de culto por preços razoáveis, as quais se podem comprar com vantagem. -- Carta 168, 1909. Ev 377 2 Não mais humildes que nossas habitações -- Tem havido ocasiões em que pareceu necessário adorar a Deus em lugares bem humildes; mas o Senhor não retirou o Seu Espírito nem recusou Sua presença por causa disto. Era o melhor que Seu povo podia fazer no momento, e caso O adorassem em espírito e verdade, Ele não reprovaria ou condenaria jamais os seus esforços. Ele, porém, nos tem abençoado com recursos, e gastamos esses meios em tornar nossas casas atrativas, em fazer projetos e executá-los para nos agradar, honrar e glorificar a nós mesmos; se estamos contentes de assim deixar a Deus fora de nossos planos e adorá-Lo em um lugar muito mais pobre e mais inconveniente do que aquele em que nós mesmos queremos viver; se, digo, nossos desígnios egoístas são assim tornados supremos e Deus e Seu culto secundários, Ele não nos outorgará a Sua bênção. -- Manuscrito 23, 1886. Ev 377 3 Simples, correto e perfeito em sua construção -- Não temos nenhuma ordem de Deus para erigir um edifício que se compare ao templo em riqueza e esplendor. Mas cumpre-nos construir uma humilde casa de culto, simples, correta e perfeita em sua construção. Ev 377 4 Vejam então os que têm recursos que sejam tão liberais e de bom gosto no erigir um templo em que adorem a Deus, como foram em localizar e construir e mobiliar sua própria casa. Manifestem eles boa vontade e desejo de mostrar maior honra a Deus do que a si mesmos. Edifiquem com bom gosto, mas não com extravagância. Seja a casa construída conveniente e cabalmente, de modo que, ao ser ela apresentada a Deus, Ele a possa aceitar e fazer Seu Espírito pousar sobre os adoradores que visam unicamente a Sua glória. Coisa alguma deve interferir entre a glória de Deus e nós; nada de planos egoístas, nem expedientes egoístas nem desígnios egoístas. Deve haver concórdia. -- Manuscrito 23, 1886. Ev 378 1 Edifícios sólidos -- Alguns talvez perguntem: Por que usa a irmã White sempre as palavras "simples, correto e sólido" ao falar de edifícios? É porque desejo que nossos prédios representem a perfeição que Deus requer de Seu povo. Ev 378 2 "Mas", dirá alguém, "se o Senhor vem tão logo, porque insiste a senhora em que nossos construtores ponham o melhor material nos edifícios que constroem?" Ousaríamos nós consagrar a Deus uma casa feita de material barato, e construída de maneira tão imperfeita que ela quase seja erguida de seus alicerces quando sacudida por um vento forte? Ficaríamos envergonhados de pôr material sem valor numa construção para o Senhor. E eu não aconselharia ninguém a pôr material sem valor numa casa. Não vale a pena. O soalho de nossa residência deve ser de madeira bem seca. Isto custará um pouco mais, mas poupará afinal bastante aborrecimento. A estrutura de um edifício deve ser bem igualada e bem ajuntada. Cristo é nosso exemplo em tudo. Ele trabalhava no ofício de carpinteiro com Seu pai José, e todo artigo que fazia, era bem-feito, as diferentes partes se ajustando exatamente, o todo capaz de suportar a prova. Ev 378 3 Seja o que for que fizerdes, seja isto feito tão bem quanto o possam fazer os retos princípios e vossa força e habilidade. Seja vossa obra segundo o modelo que vos foi mostrado no monte. Os edifícios erigidos em breve serão rigorosamente provados. -- Manuscrito 127, 1901. Ev 379 1 Os membros ajudarem a construir -- Ao ser erigida uma igreja, os membros devem levantar-se e construir. Trabalhem os recém-convertidos por suas mãos, sob a direção de um ministro guiado pelo conselho de seus colegas de ministério, dizendo: Necessitamos de uma igreja, e precisamos ter uma, e faremos, cada um, o melhor que nos for possível em ajudar a construir. ... Ev 379 2 Revelemos a Cristo fazendo progresso. Deus roga aos que professam seguir a Jesus que façam esforços animosos e unidos em Sua causa. Faça-se isto, e em breve ouvir-se-ão vozes de ações de graças: "Que coisas Deus tem operado!" -- Carta 65, 1900. Ev 379 3 Auxílio financeiro de fora -- Todos devemos estar bem alerta quanto ao fato de que, ao abrir-se o caminho, podemos adiantar a obra nas grandes cidades. Estamos muito atrasados em seguir as instruções para entrar nessas cidades, e erigir monumentos para Deus. Passo a passo devemos levar almas à plena luz da verdade. Cumpre-nos continuar trabalhando até que se organize uma igreja, e seja edificada uma humilde casa de culto. Sou grandemente animada a crer que muitas pessoas não pertencentes à nossa fé ajudarão consideravelmente com seus recursos. A luz que me é dada é que em muitos lugares, especialmente nas grandes cidades da América, essas pessoas hão de dar auxílio. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1902. Ev 379 4 Diferentes estilos arquitetônicos -- Constroem-se igrejas em muitos lugares, porém estas não precisam ser todas construídas precisamente no mesmo estilo. Vários estilos de construção se podem adaptar aos vários lugares. Ev 379 5 No peitoral do sumo sacerdote havia muitas pedras, mas cada uma tinha seu aspecto especial, acrescentando à beleza do todo. Cada pedra tinha seu significado especial, apresentando sua importante mensagem de Deus. Havia muitas pedras, porém um só peitoral. Assim há muitas mentes, mas uma só Mente. Na igreja há muitos membros, tendo cada um seus característicos particulares, porém todos formam uma só família. -- Carta 53, 1900. Ev 380 1 Atender à ventilação -- Sábado de tarde, a bela e cômoda casa de oração de _____ estava repleta. O dia estava quente, e necessitava-se de abundante ventilação. Mas as belas janelas coloridas não haviam sido feitas para abrir. Em resultado, a congregação sofria intensamente, e a oradora estava tão intoxicada, que por uma semana sofreu grandemente, e mal pôde atender a um dos três compromissos que tinha na cidade de Nova Iorque. Por que há de um povo possuidor de abundantes informações no que respeita à saúde, à higiene e à ventilação, permitir que igrejas mal construídas permaneçam ano após ano na condição de fechados reservatórios de ar envenenado? -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1909. Ev 380 2 Provei a escola de igreja -- Obreiros em um novo território não se devem sentir à vontade para deixar seu campo de trabalho enquanto não houverem sido providenciados os necessários recursos para as igrejas sob seu cuidado. Não somente se deve erguer humilde casa de culto, como tomar todas as providências necessárias para o estabelecimento permanente da escola de igreja. Ev 380 3 Esta questão foi-me claramente apresentada. Vi surgindo em diferentes lugares novos grupos de crentes, e casas de culto sendo erigidas. Os recém-chegados à fé ajudavam com mãos voluntárias, e os que dispunham de meios, ajudavam com eles. Na parte térrea da igreja, acima do solo, foi-me mostrada uma sala providenciada para escola onde as crianças se pudessem educar nas verdades da Palavra de Deus. Professores consagrados foram escolhidos para ir a esses lugares. Não havia grande número na escola, mas constituía um feliz começo. -- Testimonies for the Church 6:108 (1900). Ev 381 1 Ide avante -- Ao iniciarmos a obra em um campo, e reunirmos um grupo, consagramos os membros a Deus e então atraímo-los a unirem-se conosco em construir humilde casa de culto. Depois, quando a igreja está terminada e é consagrada ao Senhor, passamos adiante a outros campos. Veio-nos, clara e distinta, a ordem: "Ide avante"; e assim que a mensagem de advertência foi dada em um lugar, e levantaram-se homens e mulheres para continuar a obra ali, passamos às partes não trabalhadas da vinha do Senhor. -- Carta 154, 1899. Avante para novos campos Ev 381 2 Os membros da igreja ensinados a manterem-se sozinhos -- Ao viajar pelo Sul em caminho para as reuniões, vi uma cidade após outra que ainda não havia sido trabalhada. Por quê? Os ministros estão rondando entre as igrejas que conhecem a verdade enquanto milhares perecem sem Cristo. Ev 381 3 Se fossem dadas as devidas instruções, caso fossem seguidos métodos apropriados, todo membro da igreja faria seu trabalho como membro do corpo. Faria trabalho missionário cristão. Mas as igrejas estão morrendo, e querem um ministro que lhes pregue. Ev 381 4 Devem ser ensinados a dar fielmente o dízimo a Deus, para que os possa fortalecer e abençoar. Devem ser postos em ordem de trabalho, para que possam receber o alento do Senhor. Deve-se-lhes ensinar que, a não ser que possam permanecer por si sós, sem um ministro, precisam converter-se, sendo de novo batizados. Necessitam nascer de novo. -- Manuscrito 150, 1901. Ev 382 1 Trabalhai pelas almas -- Em vez de conservar os ministros trabalhando pelas igrejas que já conhecem a verdade, digam os membros das igrejas a esses obreiros: "Ide trabalhar pelas almas que perecem nas trevas. Nós mesmos levaremos avante os trabalhos da igreja. Nós realizaremos as reuniões, e, estando em Cristo, manteremos vida espiritual. Trabalharemos pelas almas que estão ao nosso redor, e elevaremos nossas orações e mandaremos nossas ofertas para manter os obreiros nos campos mais necessitados e destituídos de auxílio." -- Testimonies for the Church 6:30 (1900). Ev 382 2 Chamado dos obreiros das associações para novos campos -- Como regra geral, os obreiros das associações devem sair das igrejas para novos campos, usando a habilidade que Deus lhes deu para buscar e salvar os perdidos. -- Carta 136, 1902. Ev 382 3 Há necessidade de trabalho intensivo -- Nossos ministros devem planejar sabiamente, como mordomos fiéis. Devem sentir que não é seu dever rondar as igrejas já formadas, mas antes fazer trabalho evangélico ativo, pregando a Palavra e fazendo trabalho de casa em casa nos lugares que ainda não ouviram a verdade. ... Verão que nada é mais animador do que fazer trabalho evangelístico em novos campos. -- Carta 169, 1904. Ev 382 4 Se os ministros saíssem do caminho, se eles fossem para novos campos, os membros seriam obrigados a levar as responsabilidades, e sua capacidade aumentaria pelo uso. -- Carta 56, 1901. Ev 382 5 As forças do ministério são gastas nas igrejas estabelecidas -- Nosso povo tem tido grande luz, e ainda muita de nossa força ministerial é exaurida nas igrejas, ensinando aqueles que deveriam ser mestres; alumiando os que deveriam ser "a luz do mundo"; regando aqueles de quem deveriam emanar fontes de água viva; enriquecendo os que poderiam ser verdadeiras minas de verdades preciosas; repetindo o convite do evangelho aos que deviam estar espalhados até às mais distantes partes da Terra, comunicando a mensagem dos Céus a muitos que não tiveram os privilégios que eles têm gozado; alimentando os que deveriam estar nos caminhos e valados dando o convite: "Vinde, que já tudo está preparado." Vinde ao banquete do evangelho; vinde à ceia do Cordeiro; "que já tudo está preparado". Ev 383 1 Agora é o tempo para lutar fervorosamente com Deus. Nossas vozes se devem unir à do Salvador naquela maravilhosa oração: "Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu." Encha-se toda a Terra de Sua glória. Muitos poderão perguntar: "Para estas coisas quem é idôneo?" A responsabilidade repousa sobre cada indivíduo. "Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus." -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1895. ------------------------Capítulo 11 -- A obra nas grandes cidades americanas Nova Iorque Ev 384 1 A mensagem tem de ir -- Enquanto me achava em Nova Iorque no inverno de 1901, recebi instrução quanto ao trabalho naquela grande cidade. Noite após noite passava diante de mim a direção que nossos irmãos deviam seguir. No território da União da Grande Nova Iorque, a mensagem tem de ir avante como uma lâmpada ardente. Deus suscitará obreiros para esta obra, e Seus anjos irão adiante deles. Se bem que nossas grandes cidades estejam chegando rapidamente a uma condição semelhante à do mundo antediluviano, se bem que sejam como Sodoma quanto à impiedade, há contudo nelas muitas almas sinceras que, ao escutarem as surpreendentes verdades da mensagem adventista, sentirão a convicção do Espírito. Nova Iorque está pronta para ser trabalhada. A mensagem da verdade será dada nessa grande cidade com o poder de Deus. O Senhor chama obreiros. Ele roga aos que adquiriram certa experiência na causa a empreenderem e levarem avante em Seu temor o trabalho a ser feito em Nova Iorque e em outras grandes cidades da América. Pede também meios para serem usados nessa obra. -- Testimonies for the Church 7:54, 55 (1902). Ev 384 2 Nova Iorque -- um símbolo do trabalho no mundo -- Os que levam a responsabilidade da obra na União da Grande Nova Iorque, devem ter o auxílio dos melhores obreiros que se possam conseguir. Seja feito aí um centro para a obra de Deus, e tudo quanto for feito seja um símbolo da obra que o Senhor deseja ver feita em todo mundo. ... Ev 385 1 No território da Grande Nova Iorque tem o Senhor muitas almas preciosas que não dobraram os joelhos a Baal; e há os que, pela ignorância, têm andado no caminho do erro. Sobre esses deve brilhar a luz da verdade, a fim de verem Cristo como o Caminho, a Verdade e a Vida. Ev 385 2 Temos de apresentar a verdade no amor de Cristo. Essa obra não deve ser feita com extravagância ou exibição. Deve ser feita à maneira de Cristo. Cumpre fazê-la com humildade, na singeleza do evangelho. Não sejam os obreiros intimidados por aparências exteriores, por desanimadoras que sejam. Ensinai a Palavra, e, por meio de Seu Espírito, o Senhor enviará convicções aos ouvintes. -- Testimonies for the Church 7:38 (1902). Ev 385 3 Trabalhar segundo a maneira de Deus -- Nosso modo de trabalhar deve ser segundo a maneira de Deus. A obra feita para Ele em nossas grandes cidades, não deve ser feita em harmonia com expedientes humanos. ... Ev 385 4 Cumpre-nos lembrar a maneira em que Cristo trabalhava. Ele fez o mundo. Fez o homem. Depois, veio em pessoa ao mundo a fim de mostrar a seus habitantes como viver vida sem pecado. Ev 385 5 Irmão _____, o Senhor vos deparou uma oportunidade de entrar na cidade de Nova Iorque, e vosso trabalho de missão aí deve ser um exemplo do que deve ser esta espécie de trabalho em outras cidades. Tendes de mostrar como a obra deve ser levada avante, semeando a semente, e depois ceifando a messe. Há pessoas que se podem unir convosco no trabalho, empenhando-se nele inteligentemente e com inteira simpatia para convosco. ... Ev 385 6 Vossa obra em Nova Iorque foi iniciada na devida maneira. Tendes de estabelecer em Nova Iorque um centro de esforço missionário, do qual a obra possa ser levada avante com êxito. O Senhor deseja que esse centro seja uma escola de preparo para obreiros, e não se deve permitir que coisa alguma interrompa a obra. Depois de o povo haver abraçado a verdade e tomado sua decisão, então o Senhor os preparará para serem instruídos para a plena recepção da verdade bíblica. Deveis escolher como auxiliares homens capazes de levar a causa adiante sólida e cabalmente, trabalhando pela conversão de todo o ser, corpo, alma e espírito. Um fundamento sólido, lançado segundo o plano evangélico, deve ser estabelecido para a edificação da igreja. -- Carta 150, 1901. Ev 386 1 As necessidades médico-missionárias e de escola da grande metrópole -- Precisamos de um sanatório e uma escola nas vizinhanças da cidade de Nova Iorque, e quanto mais se demore em obter-se isto, mais difícil se tornará. Ev 386 2 Seria bom adquirir um lugar como um lar para nossos obreiros da Missão, fora da cidade. É de grande importância que eles tenham as vantagens da água pura, livre de toda contaminação. Por isto, muitas vezes é bom considerar as vantagens de localização entre colinas. E deve haver alguma terra onde se possam produzir frutas e verduras para benefício dos obreiros. Seja uma Missão em um lugar tão saudável quanto possível, e associe-se com ela um pequeno sanatório. Deve também ser adquirido um lugar na cidade, onde possam ser administrados tratamentos simples. Ev 386 3 Semelhante lar seria um retiro bem-vindo para nossos obreiros, onde possam ser afastados da azáfama e confusão da cidade. O exercício exigido para subir os morros é muitas vezes um grande benefício para nossos pastores, médicos ou outros obreiros que estejam em perigo de deixar de fazer suficientes exercícios. Ev 386 4 Lares assim sejam adquiridos nas vizinhanças de várias cidades, e fervorosos e determinados esforços sejam feitos por homens capacitados a dar nessas cidades a alertadora mensagem que deve ir a todo o mundo. Temos apenas tocado, por assim dizer, umas poucas cidades. -- Medicina e Salvação, 308 (1909). Ev 387 1 O melhor auxílio -- Iniciar a obra médico-missionária em Nova Iorque será o melhor que possais fazer. Foi-me mostrado que, se pudesse haver nesta obra homens e mulheres de experiência, que representassem corretamente a verdadeira obra médico-missionária, ela teria grande poder em causar a devida impressão no povo. -- Carta 195, 1901. Ev 387 2 Evangelismo médico cosmopolita -- Há, em Nova Iorque, muitos que se acham maduros para a ceifa. Nessa grande cidade há milhares que não dobraram os joelhos a Baal. Disse o anjo: "Eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo." Nova Iorque encerra parte de "todo o povo". Desejamos ver entrar o novo ano com mestres trabalhando em todas as partes de Nova Iorque. Há uma obra a ser feita nessa cidade. ... Em nossas grandes cidades, a obra médico-missionária deve andar de mãos dadas com o ministério evangélico. Ela abrirá portas à verdade. -- Manuscrito 117, 1901. Ev 387 3 Notícias sensacionalistas são prejudiciais -- Tempos atrás, o Pastor _____ fez sair algumas notícias muito sensacionalistas quanto à destruição de Nova Iorque. Escrevi imediatamente aos encarregados da obra ali, dizendo que não era sábio publicar tais notícias, que assim se poderia levantar uma excitação que viesse a ocasionar um movimento fanático, prejudicando a causa de Deus. É bastante apresentar a verdade da Palavra de Deus ao povo. Notícias sensacionalistas são prejudiciais ao progresso de Sua obra. ... Ev 387 4 Tenho mandado advertências aos irmãos que trabalham em Nova Iorque, dizendo que essas notícias excitantes, aterradoras, não devem ser publicadas. Quando meus irmãos vão a extremos, isto depõe contra mim, e eu devo suportar a vergonha de ser chamada falsa profetisa. Ev 388 1 Pensais que se eu houvesse dito que Nova Iorque havia de ser destruída por um maremoto, haveria insistido em que se comprasse propriedade apenas a noventa e seis quilômetros desta cidade, para local de um sanatório, e para que daí se pudesse trabalhar em Nova Iorque? -- Carta 176, 1903. Ev 388 2 Plano para atingir os comerciantes -- Deveis sentir decidida responsabilidade quanto ao trabalho na cidade de Nova Iorque. Os homens das casas comerciais desta cidade, bem como das outras cidades grandes, precisam tão certamente como os pagãos nas terras estrangeiras, ser atingidos pela mensagem. -- Carta 168, 1909. Ev 388 3 Problemas quanto à construção de salas e igrejas -- Ide à cidade de Nova Iorque. Examinai cuidadosamente o terreno, e vede se é aconselhável comprar a sala e o terreno em que ela se encontra. Quem sabe, o terreno poderia ser arrendado por certo número de anos. Fui instruída de que alguns desses métodos terão de ser seguidos na obra nas grandes cidades. Se, depois de atenta consideração, achardes que é melhor comprar a sala, faremos tudo ao nosso alcance para levantar os fundos. É, porém, melhor proceder com prudência. Orai, orai, orai, pois se possível, Satanás fechará as portas que se têm aberto para a entrada da verdade. O Senhor deseja um centro em que se estabeleça a verdade na grande e ímpia cidade de Nova Iorque. ... Ev 388 4 Peço-vos que investigueis a obra em Nova Iorque, e elaboreis planos para estabelecer um monumento a Deus nessa cidade. Deve haver um centro para o esforço missionário, e nele cumpre estabelecer um sanatório. ... É preciso fazer um decidido esforço para unificar nossas igrejas em Nova Iorque e nas cidades circunjacentes. Isto se pode efetuar, e precisa efetuar, caso o trabalho intensivo nessa cidade seja levado avante com êxito. -- Carta 154, 1901. Ev 389 1 Resultados a seguirem os devidos esforços -- Deus quer que a obra vá avante em Nova Iorque. Deve haver nesse lugar milhares de observadores do sábado, e haveria caso a obra fosse levada avante como devia ser. Levantam-se porém, preconceitos. Homens querem que o trabalho vá segundo suas idéias, e recusam-se a receber idéias mais amplas de outros. Assim se perdem oportunidades. Deviam ser estabelecidos vários grupos pequenos em Nova Iorque, e serem enviados obreiros. Não se compreende que por um homem não ser ordenado pregador não possa trabalhar para Deus. Sejam estes ensinados na maneira de trabalhar, e depois saiam a fazê-lo. De regresso, contem o que fizeram. Louvem ao Senhor por Sua bênção, e depois saiam novamente. Animai-os. Algumas palavras animadoras hão de ser-lhes inspiração. -- Life Sketches of Ellen G. White, 385 (1915). Boston e Nova Inglaterra Ev 389 2 As cidades não trabalhadas da Nova Inglaterra -- Meu espírito tem estado preocupado por causa das grandes cidades do Leste. Além da cidade de Nova Iorque, onde trabalhastes no verão passado, há a importante cidade de Boston, próximo da qual se acha situado o Sanatório Melrose. E não sei de lugar em que haja maior necessidade de reerguimento das primeiras obras do que em Boston e em Portland, Maine, onde foram dadas com poder as primeiras mensagens, mas onde agora não há senão um punhadinho de nosso povo. -- Carta 4, 1910. Ev 389 3 Ser trabalhada sem demora -- Se na cidade de Boston e outras do Leste, vós e vossa esposa vos unirdes em obra médico-evangelística, vossa utilidade aumentará, abrindo diante de vós novos horizontes de dever. Nessas cidades a mensagem do primeiro anjo avançou com grande poder em 1842 e 1843, e é chegado agora o tempo em que a mensagem do terceiro anjo deve ser extensivamente proclamada no Leste. Há grande obra diante de nossos sanatórios nessa região. A mensagem deve avançar com poder ao encerrar-se a obra. Portland, Maine, cidade que se destacou na reforma da temperança, tem de ser trabalhada sem demora -- Carta 20, 1910. Ev 390 1 Há cidades no Maine, como Brunswick e Bangor, que precisam ser fielmente trabalhadas. Por todas as cidades e vilas do Leste a verdade deve resplandecer como uma lâmpada ardente. -- Carta 28, 1910. Ev 390 2 Importância do sanatório próximo -- Os edifícios e terrenos de Melrose são de molde a recomendar nossa obra médico-missionária, a qual deve ser levada avante, não somente em Boston, mas em muitas outras cidades não trabalhadas na Nova Inglaterra. A propriedade de Melrose é de molde a poderem-lhe ser providas facilidades que atrairão a esse sanatório pessoas não de nossa fé. Os aristocratas, da mesma maneira que o povo comum, visitarão essa instituição a fim de aproveitar-se das vantagens nela oferecidas para restauração da saúde. Ev 390 3 Boston tem-me sido repetidamente indicada como um lugar que deve ser trabalhado com fidelidade. A luz precisa brilhar nos arredores bem como em suas partes mais internas. O sanatório de Melrose é um dos maiores agentes que se possam empregar para atingir Boston com a verdade. A cidade e seus subúrbios devem ouvir a última mensagem de misericórdia a ser dada a nosso mundo. É preciso realizar reuniões de tenda em muitos lugares. Cumpre aos obreiros empregarem da melhor maneira as aptidões que Deus lhes deu. Os dons da graça aumentarão com o sábio emprego. Mas não haja nenhuma exaltação do próprio eu. Não se devem estabelecer limites precisos. Sejam os obreiros dirigidos pelo Espírito Santo. Eles precisam conservar os olhos fixos em Jesus, autor e consumador de sua fé. A obra em benefício dessa grande cidade assinalar-se-á pela revelação do Espírito Santo, uma vez que todos andem humildemente diante de Deus. ... Ev 391 1 Esperamos que os que se acham à testa da obra em Nova Inglaterra cooperem com os dirigentes do sanatório de Melrose nos passos para atacar a obra a ser feita em Boston. Uma centena de obreiros poderiam estar com vantagem trabalhando em diferentes partes da cidade, em vários ramos de serviço. ... Ev 391 2 A obra médico-missionária é uma porta pela qual a verdade deve achar entrada para muitos lares nas cidades. Em toda cidade encontrar-se-ão pessoas que hão de apreciar as verdades da mensagem do terceiro anjo. ... Ev 391 3 O Senhor operará com poder ao esforçarmo-nos por fazer fielmente a nossa parte. Ele fará com que Boston ouça a mensagem da verdade presente. Cooperai com Ele em efetuar isto, meu irmão, minha irmã, e Ele vos ajudará, fortalecerá e animará vosso coração pela salvação de muitas almas preciosas. -- Special Testimonies, Série B, 13:12-16 (1906). Ev 391 4 Os milhares de Boston anseiam por verdades simples -- Sinto profunda ansiedade para que Boston ouça a Palavra do Senhor e as razões de nossa fé. Pedi ao Senhor que suscite obreiros que entrem no campo. Pedi-Lhe que suscite obreiros que consigam acesso ao povo de Boston. A mensagem precisa soar. Há milhares em Boston ansiando pela verdade simples tal como é em Jesus. Não podeis vós, que ministrais na palavra e na doutrina, preparar o caminho para que esta verdade chegue às almas? -- Carta 25, 1905. Ev 392 1 Se agirmos pela fé -- Estava no plano de Deus que o sanatório de Melrose viesse para as mãos de nosso povo, como meio de atingir as classes mais altas. A cidade de Boston e a região adjacente devem ser cabalmente trabalhadas. Fui instruída a dizer ao Pastor _____ e ao Pastor _____ que devem ligar a si homens e mulheres que os possam ajudar a fazer soar a nota de advertência. Deve-se ligar ao sanatório o melhor elemento de auxílio possível, para dar à instituição um molde religioso. Ev 392 2 Adquira o Pastor _____ o melhor auxílio possível, arme uma tenda nas vizinhanças da cidade de Boston, e fale ao povo segundo o Senhor lhe der a palavra. Não deve haver nenhuma demora em empreender este trabalho. O Pastor _____ poderia revigorar a série de reuniões trabalhando pelo povo judeu. Médicos poderiam ajudar muito fazendo palestras sobre saúde em ligação com as reuniões. ... Ev 392 3 O Senhor está pedindo que se faça uma obra na cidade de Boston. Caso procedais pela fé nessa obra, Deus vos abençoará grandemente. Não é necessário haver grande demonstração exterior, mas trabalhai quieta e diligentemente. O Senhor ajudará Seus obreiros humildes e fervorosos. Fazei decididos esforços. Dizei continuamente: "Não falharei nem me desanimarei." -- Carta 202, 1906. Ev 392 4 Deus guiará no estabelecimento de instituições -- Não fiqueis ansiosa, minha irmã. O Senhor conhece a vossa situação. Coisa alguma Lhe escapa. Ouvirá as vossas orações; pois Ele é um Deus que ouve e atende às orações. Ponde nEle a confiança, e certamente vos trará alívio a Seu próprio modo. Estou muito grata pelo que ouço quanto à bênção que tem acompanhado a obra em New Bedford. Confiemos em Deus, e dEle se apodere nossa fé muito fervorosamente. Ev 393 1 Se o irmão _____ não se sentir disposto a dar seus meios para o estabelecimento de um sanatório nesta ocasião, melhor é não insistir com ele. As idéias que nos parecem boas, talvez nem sempre sejam as melhores. Seja confirmado o modo do Senhor proceder. Ev 393 2 Oh, como desejo ver a obra ir com poder em New Bedford e Fairhaven, e em muitos outros lugares tão grandemente necessitados da verdade como esses! Esperamos que um dia se possa estabelecer um sanatório em New Bedford. Necessitam-se nessas cidades obreiros médico-missionários. Mas, querida irmã, requer talento de capacidade fora do comum o gerir um sanatório. Homens de experiência, e provados, devem tomar conta da obra. Não basta que parte dos obreiros que intentam estabelecer tal instituição sejam experientes e habilitados. Por amor deles mesmos, por amor da instituição, e por amor da causa em geral, é importante que se encontre um corpo completo de homens e mulheres bem habilitados para empreender a obra. Os olhos do Senhor estão sobre todo o campo, e quando houver chegado o tempo para começar uma instituição em certo campo, Ele pode encaminhar para aquele lugar a mente dos homens e mulheres mais bem preparados para entrarem na instituição. Ev 393 3 Há muitos ramos de trabalho a serem levados avante. Há uma porta para enfermeiras bem preparadas penetrarem nas famílias, despertando nas mesmas interesse pela verdade. Há necessidade urgente de muitos evangelistas e instrutores bíblicos em cidades como Boston e New Bedford. Esses obreiros encontrariam muitas oportunidades de semear a boa semente. Há trabalho para todo obreiro enérgico, exato e fervoroso. O ensino de Cristo, as simples verdades ensinadas por Suas parábolas, são tão necessárias hoje como quando Ele estava no mundo em pessoa. -- Carta 29, 1905. Ev 394 1 Repetir a mensagem nas cidades do leste -- Que se está fazendo nas cidades do Leste, onde a mensagem foi primeiramente proclamada? As cidades do Oeste têm tido vantagens; mas quem, no Leste, tem-se preocupado de empreender a obra de passar pelo território que, nos primitivos tempos da mensagem, foi batizado com a verdade da próxima vinda do Senhor? Foi novamente dada a direção de que a verdade deve ir outra vez aos Estados do Leste, em que iniciamos nossa obra, e onde tivemos nossas primeiras experiências. Cumpre-nos fazer todo esforço para disseminar o conhecimento da verdade a todos os que ouvirem, e muitos há que hão de escutar. Em todas as nossas grandes cidades tem Deus almas sinceras que se interessam em saber o que é a verdade. Há diligente trabalho a ser feito nos Estados do Leste. Repeti a mensagem, repeti a mensagem, foram as palavras que me foram ditas uma e outra vez. Dizei ao Meu povo que repita a mensagem nos lugares em que foi a princípio pregada, e onde igreja após igreja tomou sua posição ao lado da verdade, dando o poder de Deus de modo assinalado, testemunho da mensagem. -- Manuscrito 29, 1909. Cidades do leste e do sul Ev 394 2 A mensagem a cidades e subúrbios -- Há a cidade de Nova Iorque, e as populosas cidades da vizinhança; há Filadélfia, Baltimore e Washington. Não preciso enumerar todos esses lugares; sabeis onde ficam. O Senhor deseja que proclamemos a terceira mensagem angélica com poder nessas cidades. -- Manuscrito 53, 1909. Ev 394 3 Filadélfia: a agitação proporciona oportunidades evangelísticas -- Filadélfia e outros lugares importantes devem ser trabalhados. Os evangelistas devem estar procurando caminho para todos os lugares em que o espírito dos homens está agitado pela questão da legislação dominical e do ensino religioso nas escolas públicas. É a negligência dos adventistas do sétimo dia para aproveitar essas oportunidades providenciais de apresentar a verdade, que me oprime o coração e me faz ficar desperta noite após noite. -- The Review and Herald, 20 de Abril de 1905. Ev 395 1 Na capital da nação -- Tenho escrito muito acerca da necessidade de fazer mais decididos esforços evangelísticos em Washington, D.C. ... Washington, a capital dos Estados Unidos, é precisamente o lugar de onde esta verdade deve irradiar. -- Carta 132, 1903. Ev 395 2 Métodos judiciosos, racionais para Washington -- Deve-se desenvolver vigoroso esforço evangelístico na capital da nação. ... Regozijo-me por haverdes empreendido essa obra evangelística em Washington, e que já se tenha despertado tão profundo interesse. As notícias que têm sido dadas quanto ao trabalho ali, correspondem o mais próximo possível à apresentação que me foi dada do que havia de ser. Estou segura, pois o caso me foi apresentado, e esta obra não precisa ser enfraquecida por serem chamados para outros lugares os obreiros necessários. ... Ev 395 3 É preciso fazer-se em Washington obra evangelística, e esta não deve ser interrompida por chamados de outros lugares. Deus quer que Sua obra nos centros populosos seja levada avante em linhas retas. Ev 395 4 Estais onde o Senhor vos quer, Pastor _____, e não deveis ser sobrecarregado com muitas responsabilidades. Washington tem sido bastante tempo negligenciada Decidido esforço deve ser feito aí agora O Senhor dará força e graça. Os obreiros não devem permitir ser desviados da obra por muitas coisas que certamente hão de forcejar por atrair atenção. Eis a razão por que me tenho sentido ansiosa de que cada talento dos obreiros em Washington seja empregado de maneira a melhor promover o progresso de Sua obra. Ev 396 1 O irmão _____ mencionou várias pessoas que ele pensava poderem ser de auxílio à obra em Washington. Sede, porém, cautelosos quanto às pessoas que empregais na obra aí. Tudo precisa ser mantido à altura das normas bíblicas. ... Ev 396 2 Não temos, em nossa obra, de subir ao cimo de um monte para fazer brilhar a nossa luz. Não nos é dito que precisamos fazer uma exibição especial, maravilhosa. A verdade deve ser proclamada nas estradas e nos atalhos, e assim a obra tem de ser feita por métodos judiciosos e racionais. A vida de todo obreiro, caso ele se encontre sob o ensino do Senhor Jesus Cristo, revelará a excelência de Sua vida. A obra feita por Cristo em nosso mundo, eis o que deve constituir nosso exemplo, no que respeita à exibição. Temos que nos manter tão afastados do que seja teatral e extraordinário, como Cristo Se manteve em Sua obra. Sensação não é religião; não obstante esta exercerá sua influência pura, consagrada, enobrecedora e santificadora, produzindo vida espiritual e salvação. -- Carta 53, 1904. Ev 396 3 Reuniões evangelísticas na área de Washington -- Há em todos os arredores de Washington lugares em que são necessários esforços missionários. Mesmo na própria Washington, há um pequeno mundo de almas inconversas, tanto brancas como de cor. Quem se está preocupando com elas? E há muitos outros lugares importantes ainda por advertir. Quando vejo esta negligência, sinto doer-me o coração. Oro dia e noite para que o fardo passe para os homens que estão atuando como dirigentes na obra. Abram os que já estão trabalhando o caminho para outros que desejam pôr mãos à obra, e se acham habilitados a tomar parte no esforço missionário. ... Ev 396 4 Há importantes cidades necessitando de labor, as quais se acham próximas de Washington -- nossos vizinhos do lado, por assim dizer. Caso nossos irmãos e irmãs façam obra missionária com todos com quem entrem em contato, abrir-se-ão novos campos de trabalho mesmo em torno de nós. A preocupação de trabalhar por almas possuirá a muitos dos que se acham estabelecidos, e eles desejarão tomar parte ativa na proclamação da verdade. Ev 397 1 Rogamos que os que se acham residindo em Takoma Park se tornem colaboradores de Deus em firmar o estandarte da verdade em territórios não trabalhados. Parte dos grandes donativos solicitados empreguem-se em prover obreiros para nossas cidades vizinhas de Washington. Faça-se um fiel trabalho de casa em casa. Almas estão a perecer fora da arca de segurança. Que os membros da igreja ergam a bandeira da verdade em sua vizinhança. Armem os ministros sua tenda, e preguem a verdade ao povo com poder, e depois mudem-se para outra vizinhança e aí preguem a verdade. -- Carta 94a, 1909. Ev 397 2 Proclamar mensagem decidida -- Rogo aos crentes de Washington que venham em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra as fortes potestades das trevas. Será preciso trabalho pessoal nesta cidade e em seus subúrbios: Preparai o caminho do Rei. Erguei a bandeira mais e mais alto. Há trabalho evangelístico a ser feito em Washington e Baltimore, e nas muitas outras grandes cidades do Sul e do Leste. Combine-se a obra de ensinar e de curar. Ponham ministros e missionários médicos toda a armadura de Deus, e saiam a proclamar a mensagem evangélica. Importa que seja proclamada em Washington uma mensagem decidida. Tem de dar-se à trombeta um sonido certo. -- Carta 304, 1908. Ev 397 3 Nashville, S. Luís, Nova Orleans -- Deve fazer-se agora todo esforço possível para promover a obra de Deus. Surgirão em breve circunstâncias que tornarão mais difícil do que agora apresentar a verdade a muitos que se acham atualmente ao nosso alcance. Devem fazer-se diligentes esforços em Washington, Boston, Nashville, S. Luís, Nova Orleans e muitas outras cidades grandes. Far-se-á uma obra de vasto alcance quando homens e mulheres se levantarem em seus lugares, executando fielmente sua parte. Há um chamado para que centenas de rapazes e moças se eduquem e se preparem para o serviço. -- Manuscrito 21, 1908. Ev 398 1 Nashville um centro -- Nashville foi-me apresentada como o centro mais favorável de onde parta uma obra geral em favor de todas as classes nos Estados do Sul. Em Nashville e em suas proximidades acham-se estabelecidas instituições de ensino que devem ser respeitadas por nosso povo. Sua influência tem tornado possível levarmos avante com êxito muitos ramos de trabalho, partindo daquele centro. -- Carta 262, 1903. Ev 398 2 Memphis e as cidades do sul -- O Senhor deu-me uma mensagem para o irmão _____, instruindo-o a empreender a obra em Memphis. ... Ele obedeceu à palavra do Senhor, e tem relatado excelente êxito em seu trabalho em Memphis. Ev 398 3 Estou instruída a dizer a nosso povo nas cidades do Sul: Faça-se tudo sob a direção do Senhor. A obra está aproximando-se de seu termo. Estamos mais perto do fim do que quando cremos, a princípio. -- Carta 6, 1909. Ev 398 4 Nova Orleans, Memphis, São Luís -- Há uma grande obra a fazer, e não temos senão um poucochinho de tempo para executá-la. Há cidades no Sul -- Nova Orleans, Memphis, S. Luís -- nas quais não se fez senão pouca coisa, e outras que ainda não foram penetradas. Deve-se erguer nesses lugares a bandeira da verdade. Cumpre-nos levar com força e poder a verdade ao povo. -- Manuscrito 56, 1904. Ev 398 5 O evangelismo em Nova Orleans e nas cidades do sul -- Há uma grande obra a ser feita, e não temos senão um poucochinho de tempo para executá-la. Há cidades no Sul -- Nova Orleans, Memphis, S. Luís -- nas quais não se fez senão pouca coisa; e há outras que ainda não foram penetradas. Deve-se erguer nesses lugares a bandeira da verdade. Cumpre-nos levar, com força e poder, a verdade ao povo. ... Ev 399 1 Nova Orleans precisa ser trabalhada. Oportunamente, durante o ano, cumpre fazer uma série de reuniões públicas aí. Devem-se fazer reuniões campais em muitos lugares, efetuando-se obra evangelística uma vez terminadas as reuniões campais. Assim se hão de recolher os molhos. Ev 399 2 Agora que a obra em Nova Orleans deve ser mais plenamente empreendida, é-me ordenado dizer: Entrem nessa cidade homens e mulheres que têm conhecimento da verdade e que compreendem a maneira do Senhor proceder, para trabalhar com sabedoria e no temor do Senhor. Os obreiros escolhidos para trabalhar em Nova Orleans, devem ser os que levam a sério o bem da causa, homens que conservem sempre em vista a glória de Deus, e tornem a força do Deus de Israel sua vanguarda e sua retaguarda. O Senhor ouvirá e atenderá certamente às orações de Seus obreiros, uma vez que dEle busquem conselho e instruções. Ev 399 3 Aos obreiros que entram naquele campo, gostaria de dizer: Exercei fé em Deus; e no trato com os que não pertencem à nossa fé, manifestai em vossa vida a prática da verdade. Ao apresentar as doutrinas de vossa fé, empregai os persuasivos argumentos da Palavra de Deus, e fazei com que os ouvintes vejam que não tendes o desejo de suscitar discussão com eles quanto a suas crenças, mas apresentar-lhes um "Assim diz o Senhor". "Está escrito", eis o que era o poderoso apelo de Cristo em toda ocasião. Ev 400 1 Pregai com vossa vida a piedade prática da fé em que acreditais. Deixai ver que a verdade nunca degrada ao que a recebe, fazendo-o rude ou vulgar, ou irritado e impaciente. Tornai patente a todos vossa paciência, benevolência, longanimidade, brandura, compaixão e verdadeira bondade; pois tais graças são a expressão do caráter do Deus a quem servis. -- Manuscrito 49, 1907. Ev 400 2 Obreiros para o sul -- Trabalhem os missionários discretamente tanto pelos brancos como pelos de cor, no Sul. Trabalhem eles de maneira a ajudar os mais necessitados de auxílio, os que se acham rodeados de influências desorientadoras. Muitos deles se acham sob o domínio dos que incitarão as piores paixões do coração humano. Os sacerdotes e príncipes do tempo de Cristo tiveram muito êxito em excitar as paixões da turba, porque ela era ignorante, e havia posto sua confiança no homem. Assim foi levada a acusar e rejeitar a Cristo e preferir um salteador e assassino a Ele. A obra no Sul deve ser feita sem ruído e sem ostentação. Busquem sabedoria de Deus, e missionários verdadeiramente convertidos e que sentem a preocupação da obra, com todo tato de que possam dispor, vão a esse campo. Os missionários médicos podem encontrar um campo em que aliviem a aflição dos que estão tombando sob as enfermidades do corpo. Eles devem ter recursos, de modo a poderem vestir os nus e alimentar os famintos. A obra cristã de auxílio fará mais que a pregação de sermões. ... Sejam os obreiros semelhantes a Cristo, a fim de poderem, por preceito e por exemplo, exercer uma influência de molde a elevar. Provejam-se eles das lições mais apropriadas, simples, da vida de Cristo, para as apresentar ao povo. Não se demorem demasiado em pontos doutrinários, ou em aspectos de nossa fé que pareçam estranhos e novos; apresentem, porém, os sofrimentos e o sacrifício de Cristo; exaltem-Lhe a justiça e Lhe revelem a graça; manifestem-Lhe a pureza e a santidade de caráter. Os obreiros no campo do Sul necessitarão ensinar ao povo regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. -- The Review and Herald, 24 de Dezembro de 1895. Ev 401 1 Os obreiros das cidades meridionais devem receber animação -- O Senhor Deus tem estado em operação. Meus irmãos, em vez de criticar o que tem sido feito, reservai vossos discursos para as grandes cidades que ainda não foram trabalhadas, como sejam Nova Orleans, Memphis e S. Luís. Ide a esses lugares, e trabalhai pelo povo, mas não solteis uma palavra de censura contra aqueles que procuraram tão arduamente fazer tudo ao seu alcance pelo avançamento da obra. Por vezes esses obreiros ficaram quase desanimados, mas nos mantivemos em oração por eles. Onde quer que eu estivesse, pedia as orações do povo de Deus em seu favor. -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. Ev 401 2 Filadélfia, Nova Orleans e S. Luís -- Falais da obra que deve ser feita na América, mas que está por fazer. Desejo falar desses campos negligenciados, como eles são postos diante de mim. Desejo falar, não apenas em favor dos campos meridionais, mas das cidades grandes, cuja condição negligenciada, sem advertência, constitui uma condenação ao nosso povo, que pretendem ser missionários do Mestre. ... Ev 401 3 Achamo-nos reprovados diante de Deus em virtude de as cidades grandes, mesmo ao alcance de nossos olhos, estarem por trabalhar e por advertir. Terrível acusação de negligência é feita contra os que têm estado longamente na obra, nesta própria América, e que todavia ainda não penetraram nas cidades grandes. O que se tem feito em Filadélfia, em Nova Orleans e S. Luís e outras cidades que eu poderia mencionar? Não temos feito demais pelos campos estrangeiros, mas, relativamente, não temos feito nada pelas cidades grandes que se acham mesmo à nossa porta. -- Carta 187, 1905. Cidades dos estados centrais Ev 402 1 As necessidades das cidades grandes, inclusive Detroit -- Em Nova Iorque, Detroit e muitas outras cidades grandes, bem pouco se tem feito. As cidades do Sul, se bem que mantidas perante nosso povo pelos testemunhos do Espírito de Deus, têm sido negligenciadas. Conquanto eu não queira deter a mão estendida para o labor nos países longínquos, quisera que nosso povo compreendesse que há uma obra a ser feita no campo nacional. -- Carta 43, 1903. Ev 402 2 Cleveland e Cincinnati -- O Senhor tem muitas almas preciosas em Cleveland, em Cincinnati, e outras cidades, as quais devem ser atingidas pelas verdades especiais para o tempo presente. -- Manuscrito 19, 1890. Ev 402 3 Advertir Chicago de centros rurais de trabalho -- No momento, alguns serão obrigados a trabalhar em Chicago; mas esses deviam estar preparando centros de trabalho nos distritos rurais, de onde façam o trabalho na cidade. O Senhor gostaria que o Seu povo olhasse em torno de si, e adquirisse lugares humildes, não dispendiosos, como centros para o seu trabalho. E de tempos em tempos, lugares maiores virão ao seu conhecimento, os quais eles poderão comprar por preço surpreendentemente baixo. -- Medicina e Salvação, 305, 306 (1906). Ev 402 4 Trabalho sólido em Denver -- Segundo me é mostrado, vejo que há necessidade de fazer uma sólida obra em Denver. Muitas coisas operaram, no passado, contrariamente à prosperidade da obra ali, e essa influência desfavorável ainda não se acha inteiramente removida. Ev 403 1 Há numerosa classe de gente de cor em Denver. Façam-se por eles especiais esforços, tanto por parte dos membros brancos da igreja, como dos de cor. Desperte-se o espírito missionário. Faça-se obra diligente em favor dos que não conhecem a verdade. -- Carta 84a, 1901. As cidades ocidentais Ev 403 2 As cidades da Califórnia -- Há trabalho a fazer na Califórnia -- trabalho que tem sido estranhamente negligenciado. Não seja essa obra retardada por mais tempo. À medida que se abrem as portas para a apresentação da verdade, estejamos prontos a entrar. Tem-se feito algum trabalho na grande cidade de S. Francisco, mas ao considerarmos o campo, vemos claramente que apenas um começo foi aí feito. O mais depressa possível, devem-se fazer esforços bem organizados em várias zonas desta cidade, e também em Oakland. Não se calcula a impiedade de S. Francisco. Nossa obra nessa cidade deve-se ampliar e aprofundar. Deus vê nela muitas almas a serem salvas. -- Testimonies for the Church 7:110 (1902). Ev 403 3 Não faremos tudo ao nosso alcance a fim de estabelecer a obra nas cidades grandes de S. Francisco e Oakland, e em todas as outras cidades da Califórnia? Milhares e milhares que residem nas cidades que ficam junto de nós necessitam de auxílio por várias maneiras. Que os ministros do evangelho compreendam que o Senhor Jesus Cristo disse a Seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo." -- Manuscrito 79, 1900. Ev 403 4 Reuniões de tenda no oeste -- Devem realizar-se bem aparelhadas reuniões de tenda nas grandes cidades, como S. Francisco; pois, não tarda muito, estas cidades sofrerão os juízos de Deus. S. Francisco e Oakland estão-se tornando como Sodoma e Gomorra, e o Senhor as visitará em ira. -- Manuscrito 114, 1902. Ev 404 1 A obra será abreviada -- São Francisco foi visitada com rigorosos juízos, porém Oakland foi até aqui misericordiosamente poupada. Virá o tempo em que nossa obra nesses lugares será abreviada; portanto é importante que se façam diligentes esforços agora para proclamar a seus habitantes a mensagem do Senhor para eles. -- Manuscrito 25, 1908. Ev 404 2 Uma advertência aos obreiros de S. Francisco -- A obra em andamento em S. Francisco é uma boa obra. A cada passo, porém, deve haver vigilância e oração; pois muitas coisas se introduzirão para confundir e enredar os obreiros. Meus irmãos, foi-me dada para vós a ordem: "Vigiai e orai." Vigiai para que não vos interponhais no caminho da obra de Deus, causando uma impressão que prejudique a verdade. Adornai vossa profissão de fé com um viver honesto. Nutri a graça do Espírito Santo, do contrário vos levantareis como obstáculos no caminho da obra de Deus. Fazei retas veredas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie do caminho. -- Manuscrito 105, 1902. Ev 404 3 Os subúrbios da didade da Baía; Oakland -- Tenho a alma cheia de remorso -- não o posso exprimir de nenhum outro modo -- de que cidades como esta [Petaluma] fosse passada por alto. Uma vez, de quando em quando, tem vindo um ministro falar aos crentes, porém nenhum esforço se fez para pôr a verdade diante do povo. Por que Petaluma devesse ser negligenciada, está além de minha compreensão. Ela fica tão perto de S. Francisco, e todavia poderia estar tão distante como a África, no que respeita a qualquer esforço para proclamar a verdade nela. Ev 404 4 Importa que se faça uma obra em S. Francisco e Oakland, e ao seu redor. As cidades adjacentes.devem ser trabalhadas. Oh, vejo tanto a necessidade de nossos ministros se possuírem do espírito do alto clamor antes que seja demasiado tarde para trabalhar pela conversão de almas! -- Carta 113, 1902. Ev 405 1 Experiência com reuniões ao ar livre em estâncias de repouso -- Temos estado a planejar por meses reuniões no bosque, próximo a Sta. Helena, Calistoga, e em outros lugares no Vale de Napa. A primeira foi realizada no domingo, 7 de Junho, no Hot Springs Park, em Calistoga. A associação emprestou-nos algumas cadeiras de desarmar. Os membros da igreja de Calistoga acham-se ansiosos de levar a verdade aos que ainda não a ouviram, e fizeram detidos preparativos para a reunião. Estávamos confiantes de que as reuniões ao ar livre seriam o meio de atingir algumas pessoas que não iriam a um serviço religioso na igreja. E assim foi. Ev 405 2 Se bem que o dia estivesse opressivamente quente, achava-se presente à reunião bom número de pessoas. O Senhor deu-me muita facilidade no uso da palavra. O povo pareceu apreciar muito a reunião, e foi combinado que se realizariam outras no sábado e no domingo seguintes. Nosso povo reuniu-se no domingo cedo, e passou o dia no bosque. Achou-se presente no segundo domingo maior número de ouvintes do que no anterior. Ev 405 3 Esperamos continuar com essas reuniões ao ar livre. Creio que com elas se efetuará muito benefício. A seguinte terá lugar próximo de Sta. Helena, caso seja possível encontrar um lugar apropriado. Ev 405 4 Desejamos fazer tudo ao nosso alcance para advertir os que estão ao nosso redor da próxima vinda do Salvador. Meu coração se volta para os que desconhecem a verdade para este tempo. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1903. Ev 405 5 No sul da Califórnia -- Há uma obra a ser feita em Los Angeles. No Sul da Califórnia e em muitos lugares, há muitas promissoras oportunidades para trabalho em ligação com as estâncias de repouso. Nossos ministros e colportores devem estar em campo, vigiando sua ocasião de apresentar a mensagem e realizar reuniões segundo se lhes ofereça ensejo. ... Falem eles a Palavra de Deus com clareza e poder, para que os que têm ouvidos para ouvir possam ouvir a verdade. Os oradores devem procurar os lugares para falar nas várias localidades do Sul da Califórnia, para levar o evangelho da verdade presente aonde estão os que não a conhecem. -- Manuscrito 105, 1902. Ev 406 1 Los Angeles -- Têm-me sido dadas especiais instruções quanto ao caráter e quanto à amplitude da obra a ser feita em Los Angeles. Por várias vezes têm sido enviadas mensagens quanto ao dever que pesa sobre nós de proclamar a terceira mensagem angélica com poder naquela cidade. -- The Review and Herald, 2 de Março de 1905. Ev 406 2 Redlands e Riverside -- Há importante obra a ser feita em Redlands e Riverside. Deve aumentar o número de membros das igrejas dessas cidades. A obra deve avançar. -- Carta 192, 1905. Ev 406 3 A mensagem nas grandes cidades ocidentais -- Seria erro construir ou comprar grandes edifícios nas cidades do Sul da Califórnia. Os que parecem ver tão grandes vantagens em assim proceder, estão sem entendimento. Ev 406 4 Há grande obra a realizar em proclamar a mensagem do evangelho para este tempo nessas grandes cidades, mas a construção de grandes prédios para alguma obra aparentemente maravilhosa, foi um erro. O Senhor quer que os homens andem humildemente diante dEle. A mensagem de advertência deve ser proclamada nas cidades grandes e ímpias. -- Manuscrito 20, 1903. ------------------------Capítulo 12 -- Proclamar a mensagem em outros continentes Anunciar a mensagem na Europa Ev 407 1 Toda a terra a ser iluminada -- Por este tempo devem existir representantes da verdade em cada cidade e nas mais remotas partes da Terra. Toda a Terra tem de ser iluminada pela glória da verdade divina. A luz deve alumiar todos os países e todos os povos. E é dos que receberam a luz, que ela se deve comunicar a outros. ... Ev 407 2 Certos países apresentam condições que os tornam próprios como centros de educação e influência. Entre as nações que falam o inglês, e as protestantes da Europa, é comparativamente fácil ter acesso ao povo, e oferecem elas numerosas vantagens para a fundação de estabelecimentos e o progresso de nossa obra. ... A América tem muitas instituições que dão reputação à obra; a Grã-Bretanha, a Austrália, a Alemanha, a Escandinávia e outros países continentais da Europa devem, com o evoluir da obra, obter também idênticas facilidades. Nesses países o Senhor tem hábeis obreiros, trabalhadores experimentados. Podem estes liderar no estabelecimento de instituições, no preparo de obreiros e na promoção da obra em seus diferentes ramos. É a vontade divina que todos os recursos lhes sejam facilitados. As instituições aí fundadas dariam crédito à obra em outros países, oferecendo oportunidades de os obreiros se habilitarem para o trabalho nos países gentílicos. Deste modo a eficiência de nossos obreiros seria centuplicada. ... Ev 408 1 Tenho grande pesar quando me lembro de que o trabalho na Europa não dispõe de maiores recursos. Dói-me o coração ao pensar na obra na Suíça, na Alemanha, na Noruega e na Suécia. Onde ali se encontram atualmente um ou dois homens se esforçando por levar avante os diferentes ramos da obra, deviam existir centenas de obreiros. -- Testimonies for the Church 6:24-26 (1900). Ev 408 2 Grande trabalho na Europa -- Há grande obra a ser feita na Europa. Todo o Céu toma interesse, não somente em terras próximas e que necessitam de nosso auxílio, porém nas terras afastadas. Todos os habitantes do Céu se acham em ativo serviço, ministrando a um mundo caído. Tomam profundo e fervoroso interesse na salvação dos homens, os caídos habitantes deste mundo. -- Manuscrito 65, 1900. Ev 408 3 Grande obra é confiada aos que apresentam a verdade na Europa. ... Há a França e a Alemanha, com suas grandes cidades pululantes de gente. Há a Itália, a Espanha e Portugal, depois de tantos séculos de escuridão, franqueados à Palavra de Deus -- abertos à recepção da última mensagem de advertência ao mundo. Há a Holanda, a Áustria, a Romênia, a Turquia, a Grécia e a Rússia, morada de milhões e milhões, cujas almas são tão preciosas à vista de Deus como a nossa própria, e que nada sabem das verdades especiais para este tempo. ... Ev 408 4 Tem-se feito já bom trabalho nesses países. Há alguns que receberam a verdade, espalhados como portadores de luz em quase todas as terras. ... Mas quão pouco se tem feito em comparação com a grande obra que está diante de nós! Anjos de Deus estão operando na mente do povo, e preparando-os para receber a advertência. Necessitam-se missionários em campos que mal foram penetrados. Abrem-se constantemente novos campos. A verdade precisa ser traduzida em diversas línguas, para que todas as nações possam fruir sua influência pura e vivificante. -- Life Sketches of Ellen G. White, 304, 305 (1915). Ev 409 1 O chamado a uma obra vasta e sólida -- Chegou o tempo de serem feitas grandes coisas na Europa. Uma obra importante, semelhante à feita na América [do Norte], pode sê-lo também na Europa. Fundai sanatórios e restaurantes que sigam os princípios de saúde. Por meio da página impressa, fazei resplandecer a luz da verdade presente. Prossiga a tradução dos nossos livros. Foi-me mostrado que em países da Europa, serão acesas luzes em muitos lugares. Ev 409 2 Existem muitos lugares em que a obra do Senhor não está representada como deveria sê-lo. É necessário auxílio na Itália, França, Escócia e em muitos outros países. Um trabalho de maior vulto deve ser feito nesses lugares. Precisam-se obreiros. Há talentos entre o povo de Deus na Europa, e o Senhor quer que sejam empregados para estabelecer em toda a Grã-Bretanha e no continente, centros de onde resplandeça a luz da Sua verdade. Ev 409 3 Há um trabalho para ser feito na Escandinávia. Deus está tão disposto a atuar por meio dos crentes escandinavos quanto pelos norte-americanos. Ev 409 4 Irmãos, apegai-vos ao Senhor Deus dos exércitos. Seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso pavor. Chegou o tempo de Sua obra ser ampliada. Tempos trabalhosos estão perante nós, mas se nos mantivermos unidos por meio de laços cristãos, sem que ninguém lute pela supremacia, Deus agirá poderosamente em nosso favor. -- Testemunhos Selectos 3:221 (1904). Ev 410 1 Necessário maior esforço na Europa -- Demandará muito maior esforço realizar a obra lá do que na América, devido à pobreza do povo. Demais, os ministros são tão numerosos! Pensamos nas palavras do apóstolo: Eles "tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores". Assim que a verdade é levada ao lugar, os ministros das diferentes igrejas ficam alarmados, e mandam imediatamente buscar ministros que venham e comecem reuniões de reavivamento. Aqui elas se chamam conferências. Essas reuniões continuam por semanas, e nada menos de dez ministros se encontram à disposição; serão aliciados os melhores talentos, sendo derramadas advertências e ameaças da parte das igrejas, contra o povo adventista do sétimo dia, os quais são classificados como mórmons, e que eles dizem estar desmembrando igrejas, e causando divisões. Ev 410 2 É muito difícil conseguir alguma influência sobre o povo. A única maneira que achamos bem-sucedida, é a de dar estudos bíblicos, começando-se assim o interesse com uma, duas ou três pessoas; então estas visitam outras e buscam interessá-las, e assim o trabalho caminha lentamente como se deu em Lausanne; porém vinte abraçaram a verdade aí, e isto não é todo o bem efetuado, pois os jovens que se estão preparando para obreiros têm tido um bom exercício, e recebido uma educação que os habilitará para maior utilidade na causa de Deus. -- Carta 44, 1886. Ev 410 3 Aproximação de membros de igrejas oficiais de países europeus -- Segundo a luz que me foi dada acerca do povo nesta parte do país, e talvez em toda a Europa, há risco de que, no apresentar a verdade, seja-lhes despertado o espírito de combatividade. Pouca harmonia existe entre a verdade presente e as doutrinas da igreja em que muitos dentre o povo foram nascidos e criados; e eles são tão cheios de preconceitos, e estão tão completamente sob o domínio de seus ministros, que não ousam sequer, em muitos casos, ouvir a verdade apresentada. Surge então a pergunta: Como se pode chegar a esse povo? Como pode ser realizada a grande obra da mensagem do terceiro anjo? Ela precisa ser feita em grande parte por esforço individual, perseverante; mediante visitas ao povo em suas casas. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 149, 150 (1886). Ev 411 1 O mensageiro silencioso -- "Mas", diz alguém, "suponhamos que não nos seja possível obter entrada no lar do povo; e caso a obtenhamos, suponhamos que eles se insurjam contra as verdades que apresentamos. Não nos sentiremos então escusados de fazer esforços posteriores em benefício deles?" De modo nenhum. Mesmo que eles vos fechem a porta no rosto, não vos apresseis a retirar-vos com indignação, sem fazer posteriores esforços para salvá-los. Rogai a Deus com fé que vos dê acesso justamente àquelas almas. Não cesseis de esforçar-vos, mas refleti e planejai até que encontreis algum outro meio de chegar a elas. Se não fordes bem-sucedidos por visitas pessoais, tentai mandar-lhes o silencioso mensageiro da verdade. Há tanto orgulho de opinião no coração humano, que nossas publicações conseguem muitas vezes entrada onde o mensageiro vivo não a consegue. Ev 411 2 Tem-me sido mostrado como a matéria de leitura acerca da verdade presente é por vezes tratada por muitas pessoas na Europa e em outros continentes. Uma pessoa recebe um folheto ou uma revista. Lê um pouco, encontra alguma coisa que não concorda com suas idéias anteriores, e põe aquele folheto ou revista de lado. Mas as poucas palavras que leu não são esquecidas. Por mais hostil que seja o acolhimento dispensado, essas palavras permanecem na mente até que se desperte um interesse de ler mais do assunto. Novamente a folha é pegada; novamente o leitor encontra aí alguma coisa que se opõe às opiniões e costumes longamente nutridos por ele, e atira-a zangado para um canto. O rejeitado mensageiro, porém, não diz coisa alguma para lhe acrescentar a oposição ou suscitar-lhe a combatividade; e, quando dissipada a força de sua ira, a folha volve a apresentar-se-lhe à atenção, e conta a mesma história simples e reta, e ele nela encontra jóias preciosas. Acham-se perto anjos de Deus para gravar-lhe no coração a palavra não falada; e, se bem que lhe desgoste fazê-lo, rende-se afinal, e a luz toma posse de sua alma. Aqueles que se convertem assim, contra a sua vontade, demonstraram-se muitas vezes um dos crentes mais sólidos; e sua experiência lhes ensina a trabalhar perseverantemente por outros. -- Idem, 150 (1886). Ev 412 1 Reuniões ao ar livre e em tendas -- Fui solicitada a falar quanto a realização de reuniões em tendas, na Europa. Disse-lhe, segundo a luz que o Senhor me deu, que as tendas poderiam ser usadas com proveito em alguns lugares e, caso as reuniões fossem dirigidas como deviam ser, resultariam em grande bem. Eu não sabia naquela ocasião porque eles me consultaram sobre isto, mas soube que foi porque o irmão _____ havia falado anteriormente de certo modo em contrário de serem as tendas a coisa melhor para lugar de reuniões. Ev 412 2 Apresentei então minhas objeções às reuniões ao ar livre. Isto era deveras cansativo para nossos ministros, devido a sobrecarregar os órgãos vocais. A voz seria distendida a um diapasão fora do natural, e ficaria grandemente prejudicada por esse método de trabalho. Outra objeção era que não se poderia conservar a disciplina e a ordem; tal labor não estimularia hábitos de estudo em investigar diligentemente as Escrituras para trazer do tesouro de Deus coisas novas e velhas. -- Carta 2, 1885. Ev 412 3 Deus obrará poderosamente -- Há grande obra a ser feita na Europa. Talvez pareça que ela avança lenta e dificultosamente a princípio; porém Deus obrará poderosamente por meio de vós, se tão-somente vos entregardes inteiramente a Ele. Grande parte do tempo tereis de andar pela fé, não pelo sentimento. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 128, 129 (1886). Ev 413 1 Até aos confins da terra -- A luz da verdade deve resplandecer até aos confins da Terra. Uma luz cada vez mais intensa irradia com fulgor celestial da face do Redentor sobre Seus representantes, para ser difundida através da escuridão de um mundo entenebrecido. Como coobreiros Seus, supliquemos a santificação de Seu Espírito, a fim de podermos brilhar com mais e mais fulgor. ... Ev 413 2 Nossos esforços não se devem limitar a alguns lugares em que a luz se tem tornado tão abundante, que não é apreciada. A mensagem evangélica deve ser proclamada a todas as nações e tribos e línguas e povos. -- Testimonies for the Church 8:40 (1904). Ev 413 3 Circundar o mundo -- Deus habilitou Seu povo a iluminar o mundo. Ele dotou os homens de faculdades que os tornam aptos a estender e consumar uma obra que circundará o mundo. Sanatórios, escolas, tipografias e outros meios assim, devem ser criados em todas as partes da Terra. Ev 413 4 Esta obra, porém, ainda não foi feita. Muitos empreendimentos que exigem meios têm ainda de ser iniciados e levados avante. A abertura de restaurantes vegetarianos, a fundação de sanatórios para o cuidado de doentes e sofredores, são tão necessários na Alemanha como na América. Façam todos o máximo que lhes for possível, gloriando-se no Senhor, e beneficiando outros por suas boas obras. Ev 413 5 Cristo coopera com os que se empenham em obra médico-missionária. Os homens e mulheres que, abnegadamente, fazem o que lhes é possível para o estabelecimento de sanatórios e salas de tratamento em muitas terras, serão ricamente recompensados. Os que visitarem essas instituições serão beneficiados física, mental e espiritualmente. Os cansados serão refrigerados, os enfermos restabelecidos, e aliviados os que se encontram sob o fardo do pecado. Ouvir-se-ão, em terras longínquas, ações de graças dos lábios daqueles cujo coração é desviado do serviço do pecado para a justiça. Por seus hinos de grato louvor, dá-se um testemunho que atrairá outras almas à verdade. -- Carta 121, 1902. A Inglaterra e suas cidades Ev 414 1 Como hão de eles ser advertidos? -- Eis as cidades grandes da Inglaterra e do Continente, com seus milhões de habitantes que ainda não ouviram a última mensagem de advertência. Como hão de eles ser advertidos? Se tão-somente o povo de Deus exercesse fé, Ele trabalharia de maneira admirável para realizar esta obra. Ouvi as palavras de Cristo: "Se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos Céus." Preciosa promessa! Cremos nós nela? Que maravilhosos resultados apareceriam caso as orações unidas deste grupo ascendessem a Deus com fé viva! Jesus está pronto a tomar essas petições e apresentá-las ao Pai, dizendo: "Conheço essas pessoas por nome. Atende-lhes às petições; pois tenho seus nomes gravados nas palmas de Minhas mãos." -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 152 (1886). Ev 414 2 Apresentar a verdade em Londres -- Há necessidade de zelo na igreja, e de sabedoria para dirigir esse zelo. Vosso trabalho de salvação de almas tem sido demasiado frouxo. Se quereis ver uma obra feita em Londres e cidades adjacentes, precisais força unida, irresistível; levai o combate às portas, e firmai a bandeira, como quem pretende que a verdade triunfe. Os movimentos tímidos, cautelosos, têm sido destituídos de fé; pouca expectação tem havido de resultados. ... Ev 415 1 O fato de as coisas caminharem lentamente na Inglaterra, não é razão para a grande obra missionária mover-se devagar para ir ao encontro dos hábitos e costumes dos homens, por temor de surpreender o povo. Eles precisam ficar muito mais surpreendidos do que têm ficado até aqui. O negócio do Senhor exige pressa; almas estão perecendo sem o conhecimento da verdade. ... Ev 415 2 É necessário cautela; mas enquanto alguns dos obreiros são comedidos, e se apressam devagar, caso não haja com eles na obra pessoas que vêem a necessidade de tomar a ofensiva, perder-se-á muito; passarão oportunidades, e as portas abertas pela providência de Deus não serão percebidas. -- Carta 31, 1892. Ev 415 3 Grande obra na Inglaterra -- Há grande obra a ser feita na Inglaterra. A luz irradiada de Londres deve alcançar as regiões mais distantes em raios límpidos, claros. Deus tem operado na Inglaterra, porém este mundo de língua inglesa tem sido terrivelmente negligenciado. A Inglaterra tem necessitado de muitos obreiros mais, e de muito mais meios. Londres mal tem sido tocada. Meu coração comove-se profundamente ao ser-me apresentada a situação naquela grande cidade. ... Ev 415 4 Só na cidade de Londres deviam estar empenhados nada menos de uma centena de homens. O Senhor anota a negligência de Sua obra, e haverá afinal sérias contas a ajustar. -- Testimonies for the Church 6:25, 26 (1900). Ev 415 5 Um exército de obreiros -- Parece-me que a necessidade da obra na Inglaterra é importantíssima questão para nós, neste país. Falamos na China e noutras nações. Não esqueçamos os países de língua inglesa onde, caso fosse apresentada a verdade, muitos a receberiam e poriam em prática. Ev 416 1 Por que é que se não tem feito mais trabalho na Inglaterra? Que é que houve? Os obreiros não têm podido obter os meios. Não nos fala isto da necessidade de economia em todo sentido? ... Ev 416 2 Não julgue ninguém que a obra em Londres pode ser levada avante por um ou dois. Isto não é uma idéia justa. Ao mesmo tempo que precisa haver os que superintendem o trabalho, importa que haja um exército de obreiros se esforçando por atingir as várias classes sociais. É preciso trabalho de casa em casa. -- The General Conference Bulletin, 22 de Abril de 1901. Ev 416 3 Virá o auxílio financeiro -- Há uma obra a fazer em Londres. Foi-me mostrado que essa obra pode realizar-se, e que virá auxílio de fora. Os que têm dinheiro, contribuirão. Não precisais ser escrupulosos no solicitar-lhes esses meios. -- Ibidem. Ev 416 4 Lugar de reunião; alugai boas salas -- A obra na Inglaterra poderia estar muito mais adiantada atualmente, se nossos irmãos não houvessem procurado, ao começo, trabalhar com tanta economia. Se houvessem alugado boas salas, levando avante o trabalho como quem possui grandes verdades, as quais hão de necessariamente triunfar, teriam obtido maior êxito. Deus quer que a obra seja começada de modo que as primeiras impressões dadas sejam, o quanto possível, as melhores. -- Obreiros Evangélicos, 462 (1915). Ev 416 5 Problemas de casta e classe -- Na verdade, há muitas dificuldades a enfrentar para apresentar a verdade mesmo na Inglaterra cristã. Uma das maiores delas é a diferença de condição das três classes principais, e o sentimento de casta, muito forte neste país. Na cidade os capitalistas, os comerciantes e os diaristas, e no campo os proprietários de terras, os arrendatários e os trabalhadores do campo, formam três classes gerais, entre as quais há vasta diferença na educação, no sentimento e nas circunstâncias. É muito difícil uma pessoa trabalhar pelas três classes ao mesmo tempo. A fortuna significa grandeza e poder; a pobreza, pouco menos que escravidão. Isto é um estado de coisas que Deus nunca designou que existisse. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 164 (1886). Ev 417 1 As classes mais altas alcançadas mediante as inferiores -- Num país em que tão grande parte do povo é mantido em tal estado de servidão à riqueza, e as classes mais altas são servas de costumes longamente estabelecidos, só é de esperar que o avançamento da verdade impopular seja lento a princípio. Mas se os irmãos forem pacientes, e os obreiros estiverem de todo alerta e realmente em sinceridade para aproveitar toda oportunidade que se apresente à propagação da luz, estamos certos de que ainda será ceifada abundante messe de almas no solo inglês. Mediante tato e perseverança, encontrar-se-ão amplos meios para atingir o povo. Ev 417 2 Haverá sempre, sem dúvida, dificuldades em aproximar-se das classes mais altas. Porém a verdade achará com freqüência o meio para atingir os nobres depois de alcançar primeiro a classe média e as mais pobres. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 166 (1886). Ev 417 3 Requer-se cuidadosa obra -- Pelo fato de não verdes na velha Inglaterra os mesmos resultados testemunhados na Austrália, não deveis desmerecer no que já tem sido realizado. Há algumas almas preciosas em Grimsby, em Ulceby, e outras se acrescentarão. Há almas boas em Southampton, e o irmão que encontrei em casa do irmão _____, e os poucos que se acham ligados a ele são, julgo, bom material. Em vista de eles não verem todos os pontos exatamente como nós vemos, é preciso sabedoria no lidar com eles, para que nos unamos onde é possível, em vez de fazer maior a brecha entre nós. Ev 418 1 Aquela irmã _____, eu creio, virá para a frente, se houver sabedoria no tratar o seu caso. Essas pessoas não devem ser deixadas indiferentemente, mas cumpre fazerem-se esforços para trazê-las à nobre verdade. Precisamos daquela senhora como obreira. ... É uma bela obra andar em busca das ovelhas e fazer todo esforço para introduzi-las no redil. Levará tempo libertá-las de todas as suas idéias estranhas e de pontos de vista errôneos, mas devemos ser pacientes e não as enxotar de nós. Deus está trabalhando com elas e, ao volver eu os olhos ao passado, vejo que tivemos de vencer desânimos tão grandes contra os quais ainda temos de lutar como na velha Inglaterra. -- Carta 50, 1887. Ev 418 2 Deus cuidará dos fiéis na Inglaterra -- Acompanhados pelo irmão S. H. Lane, fomos a Risely, cidadezinha a cerca de 65 quilômetros de Londres. Ali os irmãos Lane e Durlane haviam estado realizando conferências em tenda por quatro semanas. A tenda acomodava cerca de trezentas pessoas, e à noite enchia-se, ficando grande número do lado de fora. Ev 418 3 Meu coração foi especialmente atraído por esse povo, e de boa vontade teria ficado mais tempo com eles. Do auditório, poder-se-ia dizer: Havia mulheres ilustres, não poucas. Várias delas haviam começado a observar o sábado. Muitos dos homens estavam convencidos da verdade; mas a questão com eles não era se podiam guardar o sábado e ter as comodidades e luxos da vida, mas se lhes seria possível obter o pão, o simples pão para seus filhos. Algumas almas conscienciosas começaram a observar o sábado. Sua fé será severamente provada. Mas não há de Aquele que cuida dos corvos cuidar muito mais dos que O amam e temem? Os olhos do Senhor estão sobre Seus filhos conscienciosos e fiéis na Inglaterra, e abrirá caminho para eles observarem todos os Seus mandamentos. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 163 (1886). As cidades do norte da Europa Ev 419 1 Vinde em socorro do Senhor -- Foi-me mostrado em minha última visão a importância do trabalho no Norte da Europa. O povo está despertando para a verdade. O Senhor deu ao Pastor Matteson um testemunho para atingir os corações. A obra, porém, está apenas iniciada. Com trabalho judicioso, abnegado, muitas almas serão levadas ao conhecimento da verdade. Deve haver vários obreiros abnegados, tementes a Deus, nesse campo missionário, que trabalhem pelas almas como quem tem de dar contas no dia do juízo. Ev 419 2 Foi-me mostrado que não está sendo feito por nossos irmãos suecos, noruegueses e dinamarqueses tudo quanto eles podiam e deviam fazer em benefício de seus próprios compatriotas. Assim que eles abraçam a verdade, devem sentir atear-se em seu coração a chama do zelo missionário em prol de seus irmãos nas trevas do erro. Muitos estão esperando auxílio dos irmãos americanos, ao passo que não cumprem seu dever, nem sentem a responsabilidade que Deus requer que experimentem pelos de sua própria nação. Eles podem realizar muitíssimo mais do que o estão fazendo agora, caso o queiram. Esses irmãos precisam vencer o egoísmo, e despertar para o senso de suas responsabilidades para com Deus e seus concidadãos, do contrário perderão a preciosa recompensa que poderiam assegurar pelo emprego de seus talentos de recursos no tesouro de Deus, e pelo esforço pessoal sabiamente dirigido, sendo assim instrumentos na salvação de muitas almas. Ev 419 3 Devem educar-se jovens a fim de tornarem-se missionários em sua própria pátria, para ensinar a verdade aos que se encontram em trevas. Devem imprimir-se publicações na Europa. Presentemente, porém, há de todo demasiada comodidade e muito pouco zelo entre os dinamarqueses, suecos e noruegueses que acreditam na verdade neste país, para suportarem tão contínuo saque em seus fundos. Por isto insisto com eles quanto à necessidade de erguerem-se para o trabalho, sentindo mesmo maior interesse por seu próprio povo do que seus irmãos americanos têm mostrado. Deus requer que esses irmãos venham sem demora em socorro do Senhor. -- The Advent Review Supplement, 6 de Fevereiro de 1879. Ev 420 1 Variam os hábitos e costumes, mas a natureza humana é a mesma -- Deveis sair a trabalhar aqui da mesma maneira que fizemos na América; tende vossas sociedades de publicações e outras facilidades, e embora pareça por vezes que as publicações não realizam muito em certos lugares, deveis ir sempre adiante. Tivemos idênticas experiências na América. Mas nos mantivemos com os olhos no alvo em enviar literatura a diferentes classes, e demorou algum tempo a fazermos algum progresso. Ev 420 2 Foi-me mostrado que se deve dar à obra um molde diverso aqui nestes reinos, e é preciso poder do Deus do Céu para inspirar-vos a trabalhar de maneira diferente; e enquanto os irmãos Matteson e Olsen vos ajudarem na obra aqui, desejo apresentar-vos isto agora, de modo que possais começar a pensar em direção diversa. Ora, podeis fazer dez vezes mais do que julgais; mas eis que se levanta aí a incredulidade para dizer que não vos é possível fazer qualquer coisa nesse sentido, ou naquele; todavia podeis, irmãos. Ev 420 3 Os hábitos e costumes são aqui diversos dos da América, mas a natureza humana é a mesma que lá, e os irmãos cujo coração se apoderou da verdade estão dispostos a trabalhar, uma vez que sejam preparados a ponto de saberem como devem fazê-lo. Ora, irmãos, não tenho dormido mais de três horas noite após noite, a pensar no trabalho na Europa, e parece-me que mal me posso conter no corpo ao considerar estas coisas. Ev 421 1 Tenho visto o que Deus está disposto a fazer por vós, mas será segundo a vossa fé o que Ele fará. Portanto, queremos despertar-vos a fé, e fazer com que vossas idéias se ampliem; e oxalá o Senhor lance a responsabilidade da obra sobre cada um de vós, os que credes na verdade. -- Manuscrito 6, 1886. Ev 421 2 Grandes planos para Copenhague -- Se nesta bela e rica cidade [Copenhague] não há uma sala apropriada em que se apresente a verdade ao povo, lembramo-nos de que não havia lugar na hospedaria de Belém para a mãe de Jesus, e que o Salvador do mundo nasceu em um estábulo. ... Ev 421 3 Não me convenço absolutamente de que essas salas pequenas e escuras fossem os melhores lugares que se pudessem obter, ou que nessa grande cidade de trezentos e vinte mil habitantes, a mensagem devesse ser dada em um porão que não acomodará mais de duzentas pessoas, e ficando apenas metade sentada, de modo que grande parte da congregação tem de permanecer de pé. Quando Deus manda auxílio a nossos irmãos, eles devem fazer diligentes esforços, mesmo com algum gasto, para apresentar a luz ao povo. Esta mensagem precisa ser proclamada ao mundo; mas a menos que nossos irmãos tenham grandes planos e idéias, não verão muita coisa realizada. Ev 421 4 Conquanto devamos trabalhar diligentemente pelas classes mais pobres, não devemos limitar a elas os nossos esforços, nem devem nossos planos ser feitos de maneira que só tenhamos essas classes como ouvintes. Necessitam-se homens de capacidade. Quanto mais capacidade intelectual for introduzida na obra, enquanto o talento for consagrado a Deus e santificado pelo Seu Espírito, tanto mais perfeito será o trabalho, e tanto mais alto será tido na estima do mundo. O povo, em geral, recusará a mensagem de advertência; todavia dever-se-ão envidar esforços por apresentar a verdade perante os de posição elevada e educados, da mesma maneira que aos pobres e iletrados. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 183, 184 (1886). Ev 422 1 Problema quanto a salão na Suécia -- Em Orebro, da mesma maneira que em Copenhague, estou convencida de que poderíamos ter tido um bom auditório, caso nossos irmãos houvessem adquirido um salão apropriado para acomodar o povo. Eles, porém, não esperavam muito, e portanto não receberam muito. Não podemos esperar que o povo vá ouvir verdade impopular, quando as reuniões são anunciadas em uma espécie de porão, ou numa pequena sala com acomodação apenas para uma centena de pessoas. O caráter e importância de nossa obra são julgados pelos esforços feitos para apresentá-la ao público. Quando esses esforços são tão limitados, dá-se a impressão de que a mensagem que apresentamos não é digna de nota. Assim, por sua falta de fé, nossos obreiros tornam por vezes o trabalho bem difícil para eles. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 200 (1886). Ev 422 2 Evidente a colheita norte-européia -- Foi-me mostrado que muitos, no Norte da Europa, haviam abraçado a verdade por meio de leitura. Sua alma tinha fome de luz e conhecimento, quando alguns folhetos ou revistas lhes caíram nas mãos, e eles me foram apresentados lendo. Foram satisfeitas as necessidades de sua alma; o Espírito de Deus abrandou e impressionou o coração dessas pessoas; havia lágrimas em seus olhos, e do coração opresso, saíram-lhes soluços. Ajoelhavam com os folhetos na mão e, com orações fervorosas, pediam ao Senhor que os guiasse e ajudasse a receber a luz tal como vinha dEle. Alguns se entregavam a Deus. Desaparecia a incerteza; e, ao aceitarem a verdade acerca do sábado do quarto mandamento, sentiam estar de fato sobre a Rocha dos Séculos. Muitas pessoas dispersas por todo o Norte da Europa me foram apresentadas como estando prontas a aceitar a luz da verdade. -- The Advent Review Supplement, 6 de Fevereiro de 1879. No sul da Europa Ev 423 1 Pregação e ministério individual na Itália -- Tem-se falado dos vales do Piemonte. Segundo a luz que me foi dada há, por todos esses vales, almas preciosas que receberão a verdade. Não tenho conhecimento pessoal desses lugares, porém foram-me apresentados como estando de algum modo relacionados com a obra de Deus no passado. Ele pretende agora que esse povo dê um passo avançado. Ev 423 2 Os que trabalham nesses vales, precisam ter profundo interesse em seu labor, do contrário não serão bem-sucedidos. O terceiro anjo é representado voando pelo meio do Céu. A obra é daquelas que se têm de fazer depressa. Eles se devem manter de prontidão para o trabalho, fazê-lo inteligentemente e com consagração, e estar, pela graça de Deus, preparados para enfrentar oposição. Ev 423 3 Eles não somente devem pregar, porém servir. Ao saírem para o labor, cumpre-lhes fazer esforços pessoais pelo povo, aproximando-se deles de coração a coração, ao lhes abrirem as Escrituras. Talvez a princípio sejam apenas uns poucos aqui e ali a aceitarem a verdade; mas quando estes estiverem verdadeiramente convertidos, trabalharão por outros e, em breve, com os devidos esforços, surgirão grupos maiores, e a obra avançará mais rapidamente. Ev 423 4 Ainda há uma grande obra a ser realizada em todos os campos de onde temos ouvido notícias. Por todos esses países há talentos preciosos, os quais Deus usará; e precisamos estar bem alerta a fim de granjeá-los. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 147 (1886). Ev 424 1 Muitos se colocarão ao lado da verdade -- O anjo que se une à terceira mensagem iluminará a Terra com sua glória. Haverá muitos, mesmo nesses vales (no Norte da Itália), onde a obra parece começar com tanta dificuldade, os quais reconhecerão a voz de Deus a lhes falar por meio de Sua Palavra e, saindo da influência do clero, colocar-se-ão ao lado de Deus e da verdade. Não é um campo fácil de trabalhar, esse, nem é daqueles que apresente resultados imediatos; há, porém, um povo sincero ali, o qual a seu tempo obedecerá. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 249 (1886). Ev 424 2 Serviço pessoal eficaz na Itália -- Não é sempre agradável para nossos irmãos morar nos lugares em que o povo mais necessita de auxílio; seus labores, porém, produziriam muitas vezes muito maior bem, se assim fizessem. Eles se devem achegar ao povo, sentar-se com eles à sua mesa e hospedar-se em seus lares humildes. Os obreiros terão talvez de levar sua família para lugares que não são absolutamente desejáveis; devem, todavia, lembrar que Jesus não ficava nos lugares mais aprazíveis. Veio à Terra para ajudar os que necessitavam de auxílio. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 148 (1886). Ev 424 3 A menos que a atenção do povo seja atraída, será inútil qualquer esforço feito em bem deles. A Palavra de Deus não pode ser bem compreendida pelos desatentos. Eles necessitam de um claro "Assim diz o Senhor" para lhes prender a atenção. Fazei-os ver que seus casos são julgados e condenados pela Bíblia, não por lábios humanos; que eles são citados à barra da justiça infinita, não perante um tribunal terreno. Quando é apresentada diante deles a clara e penetrante verdade bíblica, ela vai diretamente de encontro a longamente acariciados desejos, e hábitos arraigados. Sentem-se convictos, e é então, especialmente, que necessitam de vossos conselhos, vossa animação e orações. Muitas almas preciosas vacilam por algum tempo, tomando depois sua atitude ao lado do erro, devido a não receber a seu tempo esse cuidado pessoal. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 148 (1886). Trabalhar nas cidades Australasianas Ev 425 1 Muitas almas de Sydney -- Há uma obra a fazer em todo o mundo, e à medida que nos aproximarmos do tempo do fim, o Senhor impressionará muitas mentes a se empenharem nessa obra. Se fordes capazes de usar vossa influência em pôr em andamento a obra que necessita ser feita em Sydney, salvar-se-ão muitas almas que nunca ouviram a verdade. Importa trabalhar as cidades. O poder salvador de Deus deverá propagar-se por meio delas como de uma lâmpada ardente. -- Carta 79, 1905. Ev 425 2 Evangelismo oportuno em Sydney -- Há agora uma obra mais decidida a fazer-se em Sydney e suas vizinhanças. Todos os subúrbios se acham em melhores condições para serem trabalhados do que em qualquer época anterior, e as vantagens agora apresentadas para a obra médico-missionária requerem que se ponha mais ponderação e mais conhecimento na direção da obra. ... Ev 425 3 Muitos ramos procederão da matriz agora fundada em Sydney, e cada ramo da obra necessita de dirigentes experimentados, de modo que cada parte se una a outra parte, formando um todo harmônico. -- Carta 63a, 1898. Ev 425 4 Promete mais em algumas terras -- A obra médico-missionária promete fazer na Austrália mais do que tem feito na América no abrir caminho à verdade para chegar ao povo. Oxalá o povo do Senhor dê ouvidos agora aos convites da providência de Deus em abrir caminhos, e compreenda que é tempo oportuno para trabalhar. -- Carta 41, 1899. Ev 426 1 Toda cidadezinha e vila devem ouvir -- Há muitos lugares a serem trabalhados. Toda cidadezinha ou vila na linha férrea deve receber a mensagem que o Senhor nos deu. Não nos podemos deter para regozijar-nos por umas poucas vitórias obtidas. Devemos levar avante a batalha até às portas. O Senhor nunca Se deixou ficar sem uma testemunha. A verdade deve ser apresentada nos vários subúrbios de Newcastle. Por vezes talvez tenhamos que falar ao ar livre. Fiz isto em duas tardes de domingo, tendo bons resultados. ... Ev 426 2 Há Auburn, lugar que dista uns doze quilômetros de Cooranbong, onde conseguiram uma igreja em que devo falar assim que disponha de tempo, o que será no próximo domingo, ou uma semana depois. Caso não nos houvessem dado permissão de falar na igreja, faríamos a reunião ao ar livre. -- Carta 76, 1899. Ev 426 3 Experiência nas zonas rurais -- Estamos agora realizando reuniões ao ar livre. Falei duas vezes ultimamente a noventa pessoas em Dora Creek, lugar a cerca de cinco quilômetros de Cooranbong, e duas semanas antes do último domingo em Martinsville, num parque relvoso, a sessenta almas. Haviam sido arranjadas pranchas em meio círculo para servirem de assentos. Alguns se sentaram em tapetes na relva; outros, estavam em carruagens junto à cerca, do lado de fora. Ev 426 4 Não há outro meio de chegar a esse povo, a não ser mediante reuniões ao ar livre. Parecia haver profundo interesse da parte de alguns. Dois ou três se acham no ponto de decisão, e os campos maduros estão todos prontos para a ceifa. A menos que façamos decidido esforço para ir além de nosso círculo imediato a fim de encontrar o povo onde ele se acha, perderemos a salvação de muitas almas. Ev 427 1 Não há a mínima oportunidade de entrar nas rústicas igrejinhas do mato. Tem-nos sido recusado ensejo de falar ao povo dessa maneira. No grande templo do Senhor, porém, ao ar livre -- tendo o céu por cúpula e o solo por chão -- podemos obter ouvintes que, do contrário, não ouviriam. Sentimos intensamente pelo que respeita a firmar a bandeira da verdade nesses lugares. O povo não tem pastor. A igreja oficial em Cooranbong, permanece fechada semana após semana, e o povo não ouve nenhuma pregação. Vemos que há uma grande obra a fazer em lugares afastados, em reuniões ao ar livre. Tenho um compromisso para uma reunião dessas no próximo domingo à tarde, em Dora Creek. Temos agora dois lugares onde se realizam reuniões assim. -- Carta 79, 1899. Ev 427 2 Experiência em aproximar-se dos que não entrariam em um salão -- Vejo tanto por fazer! Não vejo lugar nenhum que eu possa afrouxar. Almas estão a perecer, preciso ajudá-las. Falo na igreja e fora da igreja. Rodamos para os lugares no campo, e falamos ao ar livre, porque o preconceito contra a verdade é tão grande que o povo não consentirá que falemos no rústico prediozinho em que se reúnem para adorar. ... No domingo fomos a Dora Creek, cerca de cinco quilômetros de distância, e falamos ao povo ao ar livre. Cerca de noventa pessoas se reuniram ali, e senti-me muito à vontade em apresentar-lhes Cristo como o grande Médico e maravilhoso Mestre. Todos ouviam com interesse. Por essa maneira posso atingir uma classe de pessoas que não irão a nenhuma sala ou casa de reuniões. Temos bom canto. -- Carta 74, 1899. Ev 427 3 Requer-se grande obra em Nova Zelândia -- Vemos grande obra a ser feita neste campo, e ansiamos facilidades com que trabalhar. Falarei de Wellington. É um lugar em que as igrejas são abundantes e há quantidade de ministros. ... Esta é a capital e grande centro da Nova Zelândia. Deve-se estabelecer aí uma Missão. Uma igreja, ainda que humilde, deve ser aí erigida. -- Carta 9a, 1893. Ev 428 1 Cidades da Europa, Austrália, e regiões afastadas -- Existem meios, agora presos, que deviam ser empregados em benefício das cidades não trabalhadas da Europa, da Austrália e da América, e nas regiões afastadas. Essas cidades têm sido negligenciadas por anos. Os anjos de Deus estão à espera de darmos nossos labores em benefício dos habitantes desses lugares. De vila a vila, de cidade em cidade, de país em país deve a mensagem de advertência ser proclamada, não com ostentação exterior, mas no poder do Espírito, por homens de fé. -- Manuscrito 11, 1908. ------------------------Capítulo 13 -- Trabalho pessoal A necessidade de trabalho pessoal Ev 429 1 Conferências públicas e trabalho pessoal -- De importância igual às conferências públicas é o trabalho de casa em casa nos lares do povo. ... Em resultado da apresentação da verdade em congregações grandes, desperta-se um espírito de indagação, e é especialmente importante que esse interesse seja seguido por trabalho pessoal. Os que desejam investigar a verdade, precisam ser ensinados a estudar diligentemente a Palavra de Deus. Alguém terá de ajudá-los a edificar sobre um fundamento firme. Neste tempo crítico de sua experiência religiosa, quão importante é que obreiros bíblicos, sabiamente dirigidos, venham ao seu auxílio, e lhes abram ao entendimento o tesouro da Palavra de Deus! -- Obreiros Evangélicos, 364 (1915). Ev 429 2 Cultivar o solo -- Quando se faz um discurso, semeia-se preciosa semente. Se, porém, não se fizerem esforços pessoais para cultivar o solo, a semente não cria raiz. A menos que o coração seja abrandado e subjugado pelo Espírito de Deus, perde-se muito do que foi falado. Observai, na congregação, as pessoas que parecem interessadas, e falai-lhes depois do serviço. Algumas palavras ditas em particular farão muitas vezes mais benefício do que toda a pregação ouvida Indagai a impressão causada pelos assuntos apresentados, se o ponto ficou claro ao espírito dos ouvintes. Por meio de bondade e cortesia, mostrai terdes neles real interesse, e cuidado por sua alma. -- Testimonies for the Church 6:68 (1900). Ev 430 1 Achegai-vos bem de perto aos indivíduos -- Em simpatia cristã, o ministro se deve aproximar individual e intimamente dos homens, buscando despertar-lhes o interesse nas grandes coisas concernentes à vida eterna. Seu coração poderá ser tão duro como as batidas estradas e, aparentemente, talvez seja um esforço inútil apresentar-lhes o Salvador; mas, ao passo que a lógica pode falhar em demovê-los, os argumentos serem impotentes para os convencer, o amor de Cristo, revelado no ministério pessoal, pode abrandar o coração empedernido, de maneira que a semente da verdade venha a criar raízes. -- Obreiros Evangélicos, 185 (1915). Ev 430 2 Os lugares devem ser trabalhados, não se lhes deve apenas pregar -- As cidades devem ser trabalhadas, não se lhes deve meramente pregar; é preciso que se faça trabalho de casa em casa. Depois de ser dada a advertência, de a verdade haver sido apresentada pelas Escrituras, muitas almas ficarão convencidas. -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1902. Ev 430 3 Menos sermonizar, mais trabalho pessoal -- Caso houvesse metade dos sermões e duplicado esforço pessoal fosse feito pelas almas em seus lares e nas congregações, ver-se-ia surpreendente resultado. -- Manuscrito 139, 1897. Ev 430 4 Oportunidades perdidas -- Quando é negligenciado o trabalho pessoal, perdem-se muitas preciosas oportunidades, as quais, se fossem aproveitadas, fariam avançar a obra decididamente. -- Obreiros Evangélicos, 360 (1915). Ev 430 5 Almas a perecer por falta de trabalho pessoal -- Podemos dirigir palavras de animação àqueles com quem nos encontramos. "A palavra a seu tempo quão boa é!" Almas estão a perecer por falta de trabalho pessoal. -- Carta 151, 1903. Ev 430 6 Instar a tempo e fora de tempo -- O ministro deve instar a tempo e fora de tempo, estar pronto a aproveitar toda oportunidade para fazer avançar a obra de Deus. "Instar a tempo" é estar alerta quanto aos privilégios da casa e hora de culto, e às ocasiões em que os homens estão conversando sobre religião. E "fora de tempo" é estar pronto, quando no lar, no campo, de viagem ou nos negócios, a encaminhar habilmente o espírito dos homens aos grandes temas das Escrituras, fazendo-os sentir com espírito suave e fervoroso, as reivindicações de Deus. Muitas, muitas dessas oportunidades se deixam escapar desaproveitadas, porque os homens estão persuadidos de que é fora de tempo. Mas, quem sabe qual será o resultado de um sábio apelo dirigido à consciência? -- Obreiros Evangélicos, 186, 187 (1915). Ev 431 1 Amar as almas como Cristo as amou -- Somos convidados a amar as almas como Cristo as amava, a experimentar angústia de alma para que os pecadores se convertam. Apresentai o incomparável amor de Cristo. Escondei o próprio eu. -- Manuscrito 42, 1898. Visitas de casa em casa Ev 431 2 Trabalho de casa em casa -- A verdade não deve ser apresentada meramente em reuniões públicas; é preciso fazer-se trabalho de casa em casa. Vá esse trabalho avante em nome do Senhor. -- The Review and Herald, 11 de Agosto de 1903. Ev 431 3 Esse trabalho de casa em casa, em busca de almas, à procura da ovelha perdida, é o trabalho mais importante que se possa efetuar. -- Carta 137, 1898. Ev 431 4 O objetivo do trabalho de casa em casa -- Nosso povo comete grande erro quando, depois de realizar uma reunião campal e ajuntar algumas almas, desarmam as tendas e julgam haver cumprido seu dever. Sua obra apenas começou. Pregaram doutrinas novas e estranhas para o povo que os ouviu, e então deixaram a semente lançada para ser apanhada pelas aves, ou do contrário, secadas por falta de umidade. ... Ev 432 1 Depois de haver a verdade sido apresentada às almas, há pessoas -- ministros, amigos e conhecidos -- que arrebatarão, se possível, a semente semeada. Essas aves humanas, fazem a verdade parecer erro, e não dão à pessoa convencida nenhum descanso enquanto não houverem devorado a semente por meio de falsas afirmações. Ev 432 2 Que deve ser feito? Após a reunião campal, estabelecei uma missão. Organizai em grupo os melhores obreiros que se possam encontrar, para vender nossa literatura e também dar revistas a alguns que não possam comprá-la. O trabalho preparatório não tem sequer metade do valor do que se faz posteriormente. Ev 432 3 Depois de o povo ter ouvido as razões de nossa fé, comece a obra de casa em casa. Relacionai-vos com o povo, e lede-lhes as preciosas palavras de Cristo. Exaltai a Cristo crucificado entre eles, e em breve os que ouviram as mensagens de advertência dos ministros de Deus na tenda, e ficaram convictos, serão atraídos a indagar quanto ao que ouviram. Este é o tempo de apresentar as razões de nossa fé, com mansidão e temor, não um temor servil, porém um cauteloso temor para que não faleis desavisadamente. Apresentai a verdade tal como é em Jesus, com toda mansidão e humildade, o que quer dizer com simplicidade e sinceridade, dando o mantimento a seu tempo, e a cada homem a sua porção. -- Carta 18, 1898. Ev 432 4 A pregação tornada eficaz pelo trabalho de casa em casa -- Pela experiência dos obreiros em _____, vemos que os esforços feitos depois de uma reunião campal se haver encerrado são de importância incomparavelmente maior do que o trabalho feito anteriormente. Tem-me sido mostrado por anos que o trabalho feito de casa em casa é o que torna bem-sucedida a pregação da Palavra. Caso os interessados não sejam visitados por nossos obreiros, outros ministros põem-se-lhes no encalço, e confundem-lhes a mente com citações mal aplicadas e torcidas das Escrituras. Esse povo não está familiarizado com a Palavra; pensam que seus ministros são por certo fiéis, homens isentos de preconceito, e abandonam suas convicções. Mas se nossos obreiros puderem visitar esses interessados para explicar-lhes a palavra da verdade mais plenamente, revelando a verdade em contraste com o erro, eles se firmarão. Ev 433 1 Houvesse esta obra sido feita diligente e vigilantemente, houvessem os obreiros velado perseverantemente pelas almas como quem tem de dar conta por elas, muitos molhos mais teriam sido o fruto da semente lançada em nossas reuniões campais. Ev 433 2 Esse trabalho também foi levado a efeito em _____. Agora há nada menos de cinqüenta novos observadores do sábado em resultado desse trabalho pessoal, essa busca de almas. A menos que os obreiros indicados por Deus façam a mais interessada busca de ovelhas perdidas, Satanás será bem-sucedido em sua obra de destruir, e perder-se-ão almas que poderiam haver sido encontradas e restauradas. -- Carta 18, 1898. Ev 433 3 Alguns não alcançados pelas reuniões públicas -- Nas cidades grandes há certas classes que não podem ser alcançadas pelas reuniões públicas. Essas têm de ser procuradas como o pastor procura suas ovelhas perdidas. Esforço diligente e pessoal tem de ser envidado em seu favor. -- Obreiros Evangélicos, 364 (1915). Ev 433 4 Aos que não querem vir ao banquete -- Se eles não quiserem vir ao banquete do evangelho a que Cristo os convida, então os mensageiros de Deus se devem acomodar às circunstâncias e levar-lhes a mensagem em trabalho de casa em casa, estendendo assim seu ministério aos caminhos e atalhos, dando ao mundo a última mensagem. -- Carta 164, 1899. Ev 434 1 Mesmo os desinteressados -- Ide à casa mesmo dos que não manifestam nenhum interesse. Enquanto a doce voz da misericórdia convida o pecador, trabalhai com toda a energia do cérebro e do coração, como fez Paulo, que não cessou "noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um". No dia de Deus, quantos nos enfrentarão, dizendo: "Estou perdido! Estou perdido! E nunca me advertistes; nunca me rogastes que viesse a Jesus. Houvesse eu crido como vós críeis, e teria acompanhado toda alma destinada ao juízo que estivesse ao meu alcance, com orações e lágrimas e advertências." -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1884. Ev 434 2 Levai a palavra de Deus à porta de todo homem -- A imprensa é um instrumento pelo qual são atingidos muitos que seria impossível alcançar por meio de trabalho ministerial. Pode-se fazer uma grande obra apresentando ao povo a Bíblia justamente como ela reza. Levai a Palavra de Deus à porta de todo homem, insisti em suas positivas declarações junto da consciência de todo homem, repeti a todos a ordem do Salvador. "Examinai as Escrituras." Admoestai-os a tomar a Bíblia tal como é, a suplicar iluminação divina, e então, ao brilhar a luz, a receber de boa vontade cada um de seus preciosos raios, suportando destemidamente as conseqüências. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1883. Ev 434 3 Deus guiará aos lares -- Luz, luz da Palavra de Deus -- eis de que o povo necessita. Caso os mestres da Palavra sejam voluntários, o Senhor os levará a chegar em íntima relação com o povo. Guiá-los-á aos lares daqueles que necessitam e desejam a verdade; e à medida que os servos de Deus se empenham na obra de buscar as ovelhas perdidas, são-lhes despertadas e vivificadas as faculdades espirituais. Sabendo que estão em harmonia com Deus, sentem-se ditosos e felizes. Sob a direção do Espírito Santo, obtêm uma experiência de inapreciável valor para eles. Suas faculdades intelectuais e morais atingem o mais alto desenvolvimento; pois é concedida graça em resposta à petição. -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1904. Ganhar famílias Ev 435 1 Orar e estudar com famílias -- Enquanto a mente de muitos é agitada e convencida da verdade, o interesse deve ser secundado por trabalho prudente, zeloso e perseverante. ... A necessidade é de homens que vão imbuídos do Espírito de Cristo, e trabalhem por almas. O ministro não deve limitar seus labores ao púlpito, nem deve assentar-se em algum lar aprazível entre os irmãos. Cumpre-lhe velar pelas almas. Deve visitar o povo em seus lares, e buscar, mediante esforço pessoal, gravar a verdade no coração e na consciência. Cumpre-lhe orar com as famílias e dar-lhes estudos bíblicos. Enquanto, com tato e sabedoria, ele insiste junto a seus semelhantes quanto ao dever deles de obedecer à Palavra de Deus, seu intercâmbio diário com eles deve revelar o que em seu caráter há de bom e puro, excelente e amável, benévolo e cortês. Ev 435 2 Nas mensagens do primeiro e do segundo anjos, assim se fez a obra. Homens e mulheres eram movidos a examinar as Escrituras, e chamavam a atenção de outros para as verdades reveladas. Foi o trabalho pessoal em favor de indivíduos e de famílias que deu a essas mensagens seu admirável êxito. -- The Review and Herald, 27 de Janeiro de 1885. Ev 435 3 Algumas famílias só são encontradas dentro dos lares -- Famílias há que não se poderão alcançar com a verdade da Palavra de Deus, a menos que Seus servos entrem nos respectivos lares e, por zeloso ministério, santificados pelo endosso do Espírito Santo, derribem as barreiras. Ao ver o povo que esses obreiros são mensageiros de misericórdia, os ministros da graça, dispõem-se a ouvir as palavras que proferem. ... Ev 436 1 Quando obreiros assim oram a Deus nas famílias que visitam, o coração dos membros dessa família é tocado como não seria por orações feitas em uma reunião pública. Anjos de Deus penetram com eles no círculo da família; e a mente dos ouvintes fica preparada para receber a Palavra de Deus: pois se o mensageiro é humilde e contrito, se mantém viva comunhão com Deus, o Espírito Santo toma a Palavra, e mostra-a àqueles por quem ele está trabalhando. ... Ev 436 2 O Senhor deseja que a verdade se aproxime bem do povo, o que só pode ser feito pelo trabalho pessoal. Muito se acha compreendido na ordem: "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Há a fazer nesse sentido uma obra que ainda não se fez. Ensinem os obreiros de Deus a verdade nas famílias, aproximando-se bem daqueles por quem trabalham. Caso eles assim cooperem com Deus, Ele os revestirá de poder espiritual. Cristo os guiará em seu trabalho, entrando nas casas do povo juntamente com eles, e dando-lhes palavras que penetrarão profundamente no coração dos ouvintes. O Espírito Santo abrirá corações e mentes para receberem os raios vindos do manancial de toda luz. -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1904. Ev 436 3 Procurar o caminho para o coração -- A todos quantos estão trabalhando com Cristo, desejo dizer: Sempre que vos for possível ter acesso ao povo em seu lar, aproveitai a oportunidade. Tomai a Bíblia, e exponde-lhes as grandes verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e consecuções, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem-feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, e em pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-sucedida em atrair almas para Jesus, do que sermões feitos ao ar livre, às multidões em movimento, ou mesmo em salões e igrejas. Ev 437 1 Todos quantos se empenham nesse trabalho pessoal, devem ser tão cuidadosos de não agir mecanicamente, como os próprios ministros que pregam a Palavra. Devem aprender continuamente. Possuir zelo consciencioso em adquirir as mais elevadas qualidades, em tornar-se homens eficientes nas Escrituras. Devem cultivar hábitos de atividade mental, entregando-se especialmente à oração e ao estudo diligente das Escrituras. -- Obreiros Evangélicos, 193 (1915). Ev 437 2 Dois a dois em trabalho pessoal -- Devem ser sempre dois a dois de nossos irmãos a saírem juntos, e depois tantos quantos eles possam reunir mais para se empenharem na obra de visitar e buscar interessar famílias, fazendo esforços pessoais. -- Carta 34, 1886. Ev 437 3 O ministro e a esposa -- Mantende-vos sempre na pista de almas. Usai tato e habilidade quando em visita às famílias. Orai com elas e por elas. Levai-lhes a verdade com grande ternura e amor, e certamente virão compensações. Caso o ministro e sua esposa se possam empenhar juntos nessa obra, devem fazê-lo. -- Carta 18, 1898. Visitas evangelísticas Ev 437 4 Atender ao interesse -- O ministro pode gostar de pregar; pois isto é a parte aprazível da obra, e é relativamente fácil; nenhum ministro, porém, deve ser julgado por sua capacidade de falar. A parte mais difícil vem ao deixar ele o púlpito, no regar a semente lançada. O interesse despertado deve ser secundado por trabalho pessoal -- visitar, dar estudos bíblicos, ensinar a pesquisar as Escrituras, orar com as famílias e pessoas interessadas, buscar aprofundar a impressão causada no coração e na consciência. -- Testimonies for the Church 5:255 (1885). Ev 438 1 Responder às perguntas -- Nenhum ministro está bem aparelhado para sua obra, se não souber aproximar-se do povo em seus lares, e relacionar-se intimamente com suas necessidades. O povo deve ter permissão de fazer perguntas acerca de assuntos apresentados que lhes pareçam obscuros. Cumpre pôr-lhes diante dos olhos a luz de Deus. Quantas vezes, sendo feito isto, e havendo o ministro sido capaz de responder-lhes às perguntas, há como que uma inundação de luz em algum espírito entenebrecido, e corações são confortados juntamente na fé do evangelho! Esta é a maneira por que devemos trabalhar a fim de a luz raiar na mente dos que estão buscando o conhecimento do caminho da salvação. -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1892. Ev 438 2 Preparar obreiros para atender ao interesse -- Devem ser preparados agora alguns que estejam em ligação convosco, de modo que, se fordes chamado a qualquer outro lugar, eles possam continuar a exercer influência que atraia. Oremos sobre esse assunto. Cumpre-nos orar, trabalhar e crer. O Senhor é nossa eficiência. -- Carta 376, 1906. Ev 438 3 Método eficaz para homens de capacidade comum -- Os homens de capacidade comum podem realizar mais pelo trabalho pessoal de casa em casa, do que se pondo em lugares populares, com grandes dispêndios, ou em salões aonde procuram atrair massas de gente. A influência pessoal é um poder. Quanto mais direto for nosso trabalho por nossos semelhantes, tanto maior o benefício realizado. ... Deveis entrar em íntimo contato com aqueles por quem trabalhais, para que, não somente vos ouçam a voz, mas vos apertem a mão, aprendam vossos princípios, e sintam vossa simpatia. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. Ev 439 1 Ensinar a maneira saudável de viver pelo trabalho pessoal -- Nenhum mestre da verdade deve achar que sua educação está completa enquanto não houver estudado as leis da saúde e conhecer a influência dos hábitos corretos sobre a vida espiritual. Ele deve estar habilitado a falar ao povo inteligentemente acerca dessas coisas, e a dar-lhes um exemplo que revigore suas palavras. O ensino dos hábitos corretos faz parte da obra do ministro evangélico, e ele encontrará muitos ensejos de instruir aqueles com quem entra em contato. Ev 439 2 Enquanto visita de casa em casa, ele deve buscar compreender as necessidades do povo, apresentando os retos princípios e dando instruções quanto ao que é para seu maior bem. Aos que têm regime alimentar pobre, deve sugerir certos acréscimos, e aos que vivem extravagantemente, que enchem as mesas de pratos desnecessários e nocivos, bolos pesados, pastelarias e condimentos, deve apresentar o regime essencial à saúde, e favorável à espiritualidade. -- Carta 19, 1892. Ministros darem estudos bíblicos Ev 439 3 Sermões breves -- mais estudos bíblicos -- Evitai sermões longos. O povo não pode reter metade dos discursos que ouve. Fazei palestras breves, e dai mais estudos bíblicos. Estamos em tempo de tornar cada ponto claro como um marco miliário. -- Carta 102a, 1897. Ev 439 4 Não transferir para auxiliares -- Devemos abraçar toda oportunidade de fazer trabalho pessoal. Este deve ser feito, mesmo que haja menos pregação. ... Ev 440 1 Esta parte do trabalho pastoral não deve ser negligenciada ou transferida para vossa esposa ou qualquer outra pessoa. Cumpre educar-vos e exercitar-vos a vós mesmos no visitar toda família a que vos seja possível obter acesso. Os resultados dessa obra testificarão de que é a obra mais proveitosa que um ministro evangélico possa realizar. Ev 440 2 Caso ele negligencie esse trabalho -- visitar o povo em suas casas -- é um pastor infiel e está sob a repreensão de Deus. Seu trabalho não está nem metade feito. Houvesse ele feito trabalho pessoal, e teria sido efetuada uma grande obra, e muitas almas haveriam sido recolhidas. Ev 440 3 Deus não aceitará desculpas por negligenciar-se assim a parte mais importante do ministério, a qual é como que o apropriado remate da obra, o ligar o mensageiro que leva a verdade com o rebanho, as ovelhas e os cordeiros do pasto do Senhor. O próprio Senhor torna o instrumento humano um conduto de luz para o povo, mediante seus esforços pessoais, no identificar-se com o povo por quem está trabalhando. Ev 440 4 Os fracos do rebanho necessitam de fortalecimento no devido tempo -- palavras que confortem, revigorem e confirmem-nos para que fiquem arraigados e fundados, e estabelecidos na fé. Este é o caminho e o meio ordenado por Deus para ir ao encontro do povo onde ele se acha. Reconheço nos lugares em que tenho trabalhado até aqui, os próprios lugares que se têm perdido para a causa de Deus porque os mensageiros que lhes levaram a verdade não ministraram por não ser agradável empenhar-se nessa obra. -- Carta 18, 1893. Ev 440 5 O trabalho não pode ser feito por procuração -- Aproximai-vos do povo onde ele se acha, mediante o trabalho pessoal. Relacionai-vos com ele. Esta é uma obra que se não pode fazer por procuração. Dinheiro emprestado ou dado, não a pode realizar. Sermões, do púlpito, não a podem efetuar. Ensinar as Escrituras às famílias -- eis a obra do evangelista; e esta obra deve estar unida à de pregar. Sendo omitida, a pregação será, em grande parte, um fracasso. Ev 441 1 Os que estão à procura da verdade precisam que as palavras lhes sejam dirigidas oportunamente; pois Satanás lhes está falando por suas tentações. Se encontrais repulsa ao tentar ajudar almas, não vos importeis. Se vossa obra parece produzir poucos resultados, não fiqueis desanimados. Perseverai em trabalhar; sede discretos; compreendei quando convém falar, e quando guardar silêncio; velai pelas almas como quem por elas deve dar contas; e vigiai os artifícios de Satanás, para que não sejais desviados do dever. Não permitais que as dificuldades vos abatam ou intimidem. Com fé vigorosa, com ousadia de propósito, enfrentai e vencei essas dificuldades. Semeai a semente com fé, e liberalmente. -- Obreiros Evangélicos, 188, 189 (1915). Ev 441 2 Ensinai -- dai estudos bíblicos -- Gostais de pregar, e deveis ter ensejos de pregar aonde fordes. Podeis fazer bom trabalho nesse sentido, porém isto não é todo o trabalho essencial a ser feito -- o povo precisa ser ensinado, ser instruído. Muitos sermões feitos, caso cortados pela metade, seriam incomparavelmente mais benéficos aos ouvintes. Ev 441 3 Tomai tempo para ensinar, para dar estudos bíblicos. Fazei com que os pontos e textos se fixem na mente dos ouvintes. Deixai-os fazerem perguntas, e respondei-as da maneira mais clara, mais simples possível, de modo que a mente possa apoderar-se das verdades apresentadas. ... Ev 441 4 Ensinai como Cristo ensinava; estudai-Lhe o exemplo, os métodos de ensino. Ele fazia poucos sermões, porém aonde ia, reuniam-se multidões para ouvir-Lhe as instruções. Os ministros precisam ser instruídos a trabalhar mais em harmonia com o modelo divino. Ainda não empreendestes a obra de educar. O povo ouvirá sermão após sermão, e não pode reter senão alguns poucos pontos do discurso, e esses pontos perdem a força no espírito; outras coisas se introduzem para sufocar a semente da verdade. Ora, o método do Senhor é o melhor método para gravar na mente, ponto por ponto, as verdades cujo conhecimento são de seu interesse eterno. Seja preparado o solo do coração, e as sementes aí lançadas de maneira que brotem e dêem fruto. -- Carta 29, 1890. Aprender a arte do trabalho pessoal Ev 442 1 Façam trabalho bíblico todos quantos puderem -- Todos quantos puderem, devem fazer trabalho pessoal. Ao irem eles de casa em casa, explicando as Escrituras ao povo de maneira clara e simples, Deus torna a verdade poderosa para salvar. O Salvador abençoa os que fazem tal obra. -- Carta 108, 1901. Ev 442 2 O ensinar a doutrina não é o assunto inicial do trabalho pessoal -- Há muitas almas anelando inexprimivelmente por luz, certeza e força acima do que lhes tem sido possível obter. É preciso procurá-las, trabalhar paciente e perseverantemente por elas. Buscai ao Senhor em fervente oração por auxílio. Apresentai a Jesus porque O conheceis como vosso Salvador pessoal. Deixai que Seu amor enternecedor, Sua graça preciosa, jorrem dos lábios humanos. Não precisais apresentar pontos doutrinários a menos que sejais interrogados. Tomai, porém, a Palavra e, num terno, anelante amor pelas almas, mostrai-lhes a preciosa justiça de Cristo, a quem vós e elas precisais ir para vos salvar. -- Manuscrito 27, 1895. Ev 442 3 Aprender a colher a messe -- Há necessidade de educação -- o preparo de todo aquele que entra no campo evangélico, não somente para usar a foice e cortar a messe, mas juntá-la, recolhê-la, cuidar dela devidamente. Esse cortar tem sido feito em toda parte, e custou bem pouco, em virtude de haver sido feito tão pouco trabalho diligente mediante esforço pessoal para separar o grão da palha, e juntá-lo em molhos para o celeiro. -- Carta 16, 1892. Ev 443 1 Aprendei a arte de manejar a rede do evangelho -- O espírito deve ser ativo para envidar os melhores modos e meios de aproximar-se do povo que nos rodeia. Não devemos nos exceder incorrendo em grande despesa. Há perto de nós indivíduos e famílias pelos quais devemos fazer esforços pessoais. Deixamos muitas vezes escapar oportunidades ao nosso alcance, para efetuar um trabalho a distância, o qual é menos promissor; e assim nosso trabalho e meios se podem perder em ambos os lugares. O que os obreiros agora devem estudar, é o meio de recolher as almas na rede do evangelho. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. Ev 443 2 Simplicidade natural no ganhar almas -- A obra de Cristo consistiu grandemente em entrevistas individuais. Ele tinha fiel consideração pelo auditório composto de uma única alma; e aquela alma levava a milhares o conhecimento recebido. Ev 443 3 Educai a juventude em ajudar a juventude; e buscando fazer isto, cada um adquirirá experiência que o habilitará a tornar-se obreiro consagrado em mais ampla esfera Milhares de corações se podem alcançar pela maneira mais simples. Os mais intelectuais, os que são considerados e louvados como os mais talentosos homens e mulheres do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas palavras mais humildes e simples, proferidas por uma pessoa que ama a Deus, que pode falar desse amor tão naturalmente como os mundanos falam daquilo que seu espírito contempla e de que se alimenta. As palavras, mesmo se bem preparadas e estudadas, pouca influência têm; porém o trabalho honesto, fiel, de um filho ou filha de Deus em palavras ou em serviço de pequenas coisas, feito com natural simplicidade, descerrará a muitas almas a porta, há muito trancada. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1899. Ev 444 1 A aproximação -- persuasiva, bondosa -- Aproximai-vos do povo de modo persuasivo, bondoso, cheio de boa disposição e do amor de Cristo. ... Língua alguma humana pode exprimir a preciosidade do ministério da Palavra e do Espírito Santo. Expressão alguma da parte do homem pode pintar à mente finita o valor de compreender e, por viva fé, receber a bênção dada ao passar Jesus de Nazaré. -- Carta 60, 1903. Ev 444 2 A importância de um aperto de mão -- Muito depende da maneira em que vos aproximais daqueles a quem fazeis visita. Podeis pegar de tal maneira na mão de uma pessoa ao saudá-la, que lhe conquisteis a confiança imediatamente, ou de modo tão frio que ela pense que não tendes por ela interesse algum. -- Obreiros Evangélicos, 189 (1915). Ev 444 3 Jovens para estudos bíblicos na cidade -- Devem-se instruir rapazes a fim de trabalharem nessas cidades. Talvez eles nunca sejam aptos a apresentar a verdade do púlpito, mas podem ir de casa em casa, e encaminharem o povo para o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. O pó e o lixo do erro têm enterrado as preciosas jóias da verdade; mas os obreiros do Senhor podem descobrir esses tesouros, de modo que muitos os contemplem com deleite e respeito. Há grande variedade de trabalho, adequado às diversas mentes e às várias capacidades. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 182 (1886). Derribado o preconceito Ev 445 1 Os estudos bíblicos e as visitas preparam o caminho para as conferências -- A obra deve começar discretamente, sem ruído ou toque de trombeta. Deve começar com estudos bíblicos, educando assim o povo. Este plano é incomparavelmente mais eficaz do que começar com sermões. -- Carta 89, 1895. Ev 445 2 Evita-se a oposição com o trabalho pessoal -- No serviço de Deus, importa enfrentarem-se obstáculos e dificuldades. Os acontecimentos pertencem a Deus; e Seus servos precisam encontrar dificuldades e oposições, pois estes são Seus escolhidos métodos de disciplina, e as condições por Ele designadas para um progresso, avanço e êxito certos. Rogo, porém, aos servos do Senhor Jesus, que se lembrem de que há um trabalho que pode ser feito discretamente, sem suscitar aquela forte oposição que fecha os corações à verdade. -- Carta 95, 1896. Ev 445 3 As visitas determinam se é ou não prudente a série de reuniões públicas -- Digo-vos, em nome do Senhor, que com vosso atual corpo de obreiros, não estais preparados para empenhar-vos em obra num lugar difícil e de forte preconceito. Caso se devotasse ao ensino de casa em casa metade do tempo geralmente gasto numa série de conferências públicas, até que o povo ficasse familiarizado com a sinceridade religiosa dos obreiros e com as razões de sua fé, seria muito melhor. Feita essa obra, poderia decidir-se se era ou não prudente um esforço mais dispendioso. Ev 445 4 Têm-se feito séries de conferências públicas que produziram bem. Alguns corresponderam e receberam a verdade; mas oh, quão poucos foram estes! O Senhor deseja que a verdade chegue bem perto do povo, e esse trabalho só pode ser efetuado por serviço pessoal. -- Carta 95, 1896. Ev 446 1 Requer-se tato a fim de derrubar o preconceito -- Natanael estava orando para saber se este era na verdade o Cristo de quem Moisés e os profetas haviam falado. Enquanto ele orava, um dos que haviam sido levados a Cristo, Filipe, chamou-o, e disse: "Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José." Notai quão depressa se levanta o preconceito. Natanael diz: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" Filipe conhecia o forte preconceito que existia em muitos espíritos contra Nazaré, e receando despertar-lhe a combatividade, não tentou arrazoar com ele, porém disse simplesmente: "Vem e vê." Ev 446 2 Eis uma lição para todos os nossos ministros, colportores e obreiros missionários. Quando encontrardes pessoas que, como Natanael, estão prevenidas contra a verdade, não insistais muito fortemente em vossos pontos de vista peculiares. Falai a princípio com eles de assuntos em que possais concordar. Inclinai com eles a fronte em oração, e com fé humilde apresentai-lhes vossas petições perante o trono da graça. Tanto vós como eles sereis levados a mais íntima ligação com o Céu, enfraquecer-se-á o preconceito, e será mais fácil chegar ao coração. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 149 (1886). Trabalhar pelos idosos Ev 446 3 Esperando a verdade -- É admirável quanta gente idosa os obreiros encontram, os quais não precisam senão de um pequeno trabalho para serem levados a aceitar a verdade, sábado e tudo. Ora, dizem eles, isto é justamente aquilo por que estávamos orando. Sabíamos que as Escrituras tinham muito a dizer acerca de assuntos que os clérigos não nos explanavam nem podiam explanar. Estes pouco mais fazem do que regozijar-se na luz e na verdade. Sua alegria parece plena. -- Carta 18, 1898. Ev 447 1 A vida começa na conversão -- Acabo de ler o seguinte incidente: Ev 447 2 "Um ancião de cerca de setenta ou oitenta anos de idade foi-me trazido um dia, como um monumento da misericórdia de Deus. Perguntei-lhe que idade tinha. Olhou-me por um momento, e disse em tons hesitantes, enquanto as lágrimas lhe corriam pelas faces: 'Tenho dois anos de idade.' Exprimi minha surpresa, e ele disse então: 'Ah, até dois anos atrás, vivi a vida de um morto. Nunca soube o que era viver até que me encontrei com a vida que está escondida com Cristo em Deus.'" -- Carta 160, 1903. A experiência de Ellen G. White e seus métodos como obreira no trabalho pessoal Ev 447 3 Uma experiência primitiva -- A realidade da verdadeira conversão me parecia tão positiva, que me sentia na disposição de ajudar minhas jovens amigas a virem para a luz, e em toda oportunidade exercia minha influência nessa direção. Ev 447 4 Combinei reuniões com minhas jovens amigas, algumas das quais eram bem mais velhas do que eu, e algumas eram pessoas casadas. Várias delas eram vãs e irrefletidas; minha experiência afigurava-se-lhes um conto ocioso, e não davam ouvidos às minhas súplicas. Decidi, porém, que meus esforços não cessariam enquanto essas queridas almas, por quem sentia tão grande interesse, não se entregassem a Deus. Várias noites inteiras foram passadas por mim em fervorosa oração por aquelas a quem eu havia buscado e reunido no intuito de trabalhar e orar por elas. Ev 447 5 Algumas dessas pessoas se haviam reunido conosco por curiosidade, para ouvir o que eu tinha a dizer; outras me julgavam fora de mim para ser tão perseverante em meus esforços, especialmente quando elas não manifestavam nenhum interesse. Mas em cada uma de nossas reuniõezinhas eu continuava a exortar e orar por cada uma delas separadamente, até que cada uma dessas pessoas se houvesse entregue a Jesus, reconhecendo os méritos de Seu amor perdoador. Cada uma delas se converteu a Deus. Ev 448 1 Noite após noite, em meus sonhos, eu parecia estar trabalhando pela salvação de almas. Em tais ocasiões eram-me mostrados casos especiais; estes eu buscava posteriormente, e orava com as pessoas. Em todos os casos, com exceção de um, essas pessoas se renderam ao Senhor. -- Life Sketches of Ellen G. White, 41, 42 (1915). Ev 448 2 Vinte e dois anos depois de a semente ter sido lançada -- Depois de concluída a reunião [um culto na reunião campal de Michigan], uma irmã me tomou cordialmente pela mão, manifestando grande alegria por haver encontrado novamente a irmã White. Indagou se eu não me lembrava de haver feito uma visita em uma casa de toras de madeira, na floresta, vinte e dois anos antes. Ela nos oferecera lanche, e eu havia deixado com eles um livrinho intitulado Experience and Views. Ev 448 3 Ela declarou haver emprestado aquele livro aos vizinhos, ao se estabelecerem novas famílias ao seu redor, até que o mesmo já se achava todo gasto; manifestou grande desejo de obter outro exemplar do livrinho. Os vizinhos se interessavam profundamente nele, e desejavam ver a autora. Ela disse que quando eu a visitara, falara de Jesus e das belezas do Céu, e que as palavras haviam sido proferidas com tanto fervor, que ela ficara encantada, e nunca as esquecera. Depois daquela ocasião, o Senhor mandara ministros para lhes pregarem a verdade, e agora havia um bom grupo de observadores do sábado. A influência daquele livrinho, agora gasto pelo muito manuseio, estendera-se de um para outro, efetuando sua obra silenciosa, até que o solo estava preparado para as sementes da verdade. Ev 449 1 Lembro-me bem da longa viagem que fizemos vinte e dois anos atrás, em Michigan. Estávamos a caminho para realizar uma reunião em Vergennes. Achávamo-nos a uns vinte e quatro quilômetros de nosso destino. Nosso condutor havia passado por aquele caminho repetidamente, e estava bem familiarizado com ele, mas foi forçado a reconhecer que se perdera. Viajamos sessenta e quatro quilômetros naquele dia, através da floresta, por cima de toras e árvores derribadas, onde mal havia qualquer vestígio de caminho. ... Ev 449 2 Não podíamos compreender por que era permitido que assim andássemos errando pela mata. Nunca nos sentimos mais satisfeitos do que ao avistar uma pequena clareira onde havia uma casinha de madeira, na qual encontramos a mencionada irmã. Ela nos acolheu bondosamente em seu lar, e ofereceu-nos alimentação que foi recebida com gratidão. Enquanto descansávamos, falei com a família, e deixei-lhes o livrinho. Ela o aceitou de boa vontade, havendo-o conservado até o presente. Ev 449 3 Durante vinte e dois anos nosso vaguear nessa jornada nos havia parecido deveras misterioso, mas ali encontramos um bom grupo, agora crentes na verdade, e cuja experiência tinha origem na influência daquele livrinho. A irmã que ministrara tão bondosamente às nossas necessidades regozija-se agora, com muitos de seus vizinhos, na luz da verdade presente. -- The Signs of the Times, 19 de Outubro de 1876. Ev 449 4 Uma experiência em Nimes, França -- Quando trabalhava em Nimes, na França, fizemos do salvar almas nosso trabalho. Havia um rapaz que se desanimara devido às tentações de Satanás e de alguns erros de irmãos nossos que não compreendiam a maneira de lidar com a mente dos jovens. Ele abandonou o sábado e empregou-se em um estabelecimento fabril a fim de aperfeiçoar seu ofício de relojoeiro. É um rapaz muito promissor. Meu relógio necessitava de conserto, o que nos pôs em contato. Ev 450 1 Fui-lhe apresentada e, assim que olhei para sua fisionomia, reconheci ser ele aquele que o Senhor me apresentara anteriormente em visão. Todas as circunstâncias me ocorreram distintamente. ... Ev 450 2 Ele assistia às reuniões quando julgava que eu ia falar, e sentava-se com os olhos fixos em mim durante todo o sermão, o qual era traduzido em francês pelo irmão Bourdeau. Senti ser meu dever trabalhar por esse jovem. Falei duas horas com ele, e insisti no perigo de sua situação. Disse que, por haverem seus irmãos cometido um erro, isto não era razão para que ele magoasse o coração de Cristo, que o amara a ponto de morrer para o redimir. ... Ev 450 3 Disse-lhe que conhecia a história de sua vida e seus erros (os simples erros da imprudência juvenil), que não eram de espécie a serem tratados com tão grande severidade. Roguei-lhe então com lágrimas para fazer uma inteira volta, deixar o serviço de Satanás e o pecado, pois se tornara um apóstata, e voltar como o filho pródigo à casa de Seu Pai, ao paternal serviço. Ele estava em bom negócio, aprendendo seu ofício. Se guardasse o sábado, perderia a colocação. ... Mais alguns meses e terminaria seu aprendizado, tendo então um bom ofício. Eu, porém, insisti numa decisão imediata. Ev 450 4 Oramos muito fervorosamente com ele, e eu lhe disse que não ousava deixá-lo cruzar o limiar da porta enquanto ele não dissesse diante de Deus e dos anjos e dos presentes: "Deste dia em diante, serei um cristão." Que regozijo para meu coração quando ele o disse! Ele não dormiu nada naquela noite. Disse que, assim que fizera a promessa, parecia achar-se em nova direção. Seus pensamentos pareciam purificados, mudados seus desígnios, e a responsabilidade que assumira lhe parecia tão solene, que não podia dormir. No dia seguinte comunicou a seu patrão que não poderia mais trabalhar para ele. Dormiu muito pouco por três noites. Sentia-se feliz, muito grato por haver-lhe o Senhor demonstrado Seu perdão e amor! -- Carta 59, 1886. Ev 451 1 Um emprego eficaz de literatura -- Havia um homem a quem, juntamente com toda a sua família, tínhamos em alto apreço. É um homem de leitura e possui grande fazenda, na qual cultiva as melhores laranjas e limões, juntamente com outros frutos. Mas a princípio ele não se decidiu plenamente em favor da verdade, e tornou atrás. Falaram-me a esse respeito. Durante a noite, o anjo do Senhor parecia estar ao meu lado, dizendo: "Vai ao irmão _____, põe teus livros diante dele, e isto salvará sua alma." Fui visitá-lo, levando comigo alguns de meus livros grandes. Falei-lhe como se ele estivesse conosco. Falei-lhe de suas responsabilidades. Disse-lhe: "Tendes grandes responsabilidades, meu irmão. Aqui estão vossos vizinhos ao redor. Sois responsável por cada um deles. Conheceis a verdade, e, se a amardes e permanecerdes em vossa integridade, ganhareis almas para Cristo." Ev 451 2 Ele me olhava de modo estranho, como a dizer: "Creio que a senhora não sabe que eu abandonei a verdade, que tenho permitido minhas filhas dançarem e irem à escola dominical, que não guardamos o sábado." Porém eu sabia. Todavia falei-lhe justamente como se ele estivesse conosco. "Ora", disse eu, "vamos ajudar-vos a começar a trabalhar por vossos vizinhos. Quero fazer-vos presente de alguns livros." Ele disse: "Temos uma biblioteca da qual tiramos livros." Eu disse: "Não vejo nenhum livro aqui. Talvez vos sintais constrangido de tirar da biblioteca. Vim para dar-vos estes livros, de modo que vossos filhos os possam ler, e isto vos será uma força." Ajoelhei-me e orei com ele, e quando nos erguemos, as lágrimas lhe rolavam pelas faces, ao dizer: "Folgo de que a senhora tenha vindo ver-me. Agradeço-lhe os livros." Ev 452 1 A próxima vez que o visitei, disse-me que lera Patriarcas e Profetas. Acrescentou: "Não há uma sílaba que eu possa mudar. Cada parágrafo fala diretamente à alma." Ev 452 2 Perguntei ao irmão _____ qual dos meus livros grandes ele considerava mais importante. Ele disse: "Emprestei-os todos aos vizinhos, e o dono do hotel acha que O Grande Conflito é o melhor. Mas", disse ele, enquanto lhe tremiam os lábios, "penso que Patriarcas e Profetas é o melhor. Foi o que me tirou do lodo." Ev 452 3 Mas basta dizer: ele se decidiu firmemente pela verdade. Toda a sua família se lhe uniu, e têm sido instrumentos no salvar outras famílias. -- The General Conference Bulletin, 5 de Abril de 1901. Ev 452 4 Palestrando com uma nova crente acerca da obra -- Foi-me apresentada uma senhora de cerca de seus quarenta anos, a qual acabava de decidir obedecer à verdade, em Cantuária. O marido tem plena simpatia para com a atitude da esposa, e faz o que pode a fim de levá-la às reuniões. Possuem uma bela casinha de campo, já paga. Ela saiu da carruagem, e conversou conosco. Disse que o povo de Cantuária não é dado a ir à igreja, mas que a tenda em _____ tem sido uma propaganda, e eles estão curiosos de saber o que tudo isto significa. Desse modo têm sido atraídos a assistir às reuniões, e muitos estão interessados. Não os podeis levar a entrar em uma igreja ou salão, mas a tenda, eles acolhem bem. ... Ev 453 1 A referida irmã, que falava comigo junto à carruagem, disse: "Estas preciosas coisas da Bíblia são maravilhosas para mim. É estranho que não as pudéssemos ver antes. A Bíblia está cheia de riquezas, e quero ter toda oportunidade de ouvir e aproveitar, de modo que possa ajudar a outros. O povo daqui de Cantuária está necessitado de um trabalho assim. Se armardes a tenda, eles irão." -- Carta 89a, 1895. Ev 453 2 Folhas do diário de 1892 -- 26 de Outubro. Havíamos prometido visitar os irmãos H, e depois do jantar, hoje, o Pastor Daniells, May Walling e eu fomos cumprir a promessa. Pelas tentações do inimigo, a irmã H abandonou a verdade. ... Após breve conversa, inclinamo-nos todos em oração, e o Senhor comunicou-nos Seu Santo Espírito. Sentimos a presença de Deus, e esperamos grandemente que esse esforço não será em vão. Ev 453 3 5 de Novembro. Foi um dia agradável, mas fiquei quase exausta. Assistimos a reunião, e convidamos nossa vizinha ao lado para ir conosco. Ela concordou prontamente e parecia muito comovida. Falava desembaraçadamente enquanto nos dirigíamos para o local da reunião, mas na vinda ela parecia muito solene, e não disse nada. Falei da parábola do homem que não tinha vestido de boda, e tivemos uma solene reunião. Posteriormente a senhora disse a minha sobrinha, May Walling, sentir não haver assistido a todas as reuniões que se têm realizado desde que chegamos. Declarou que não quer perder nenhuma enquanto aqui permanecermos. Ev 453 4 6 de Novembro. Havíamos planejado ir de carruagem às montanhas, ... porém eu me sentia opressa de alma pelo irmão e a irmã H, e julguei não poder ir às montanhas e retardar o negócio do Senhor. Tendo apenas vagas informações, May Walling e eu partimos em busca da casa do irmão H. ... Conseguimos afinal. Eu disse ao irmão e à irmã H que fora a fim de falar com eles. Começamos a falar às duas e meia, e continuamos até às cinco. ... Procurei fazer tudo ao meu alcance para ajudar a irmã H. Ela chorou quase todo o tempo em que falamos. Creio que o Espírito do Senhor lhe tocou o coração. Orei com eles, e deixei-os depois nas mãos de Deus. Ev 454 1 7 de Novembro. Descansei bem durante a noite. Às quatro e meia ergui-me e pus-me a escrever. Às dez horas, May Walling e eu cavalgamos para visitar a irmã E. Ev 454 2 8 de Novembro. Dormi bem a noite. Durante o dia fui para a casa onde a irmã F está hospedada com os filhos. Levamo-los a passear conosco, e tivemos longa conversa com ela. É uma mulher que tem passado por grande tribulação. Ev 454 3 9 de Novembro. Atendendo a sincero convite, fomos a um aprazível bosque, onde os pais e as crianças da Escola Sabatina estavam fazendo um piquenique. ... Falei por cerca de meia hora. Achava-se presente uma porção de descrentes. Ev 454 4 10 de Novembro. Escrevi até meio-dia, e depois do almoço, nos dirigimos para Bourdon, a fim de cumprir a promessa de nos encontrarmos com algumas irmãs. Tivemos muito precioso período de oração, crendo na promessa de Cristo, de que, onde estiverem dois ou três reunidos em Seu nome, aí estará Ele para abençoá-los. Li importante assunto aos presentes, e falei com eles. Trabalhei mais arduamente do que quando falo no sábado; pois estive com eles por cerca de duas horas. Era quase escuro quando chegamos em casa; mas fui abençoada pelo Senhor, e sentimo-nos felizes em Seu amor. Ev 454 5 11 de Novembro. Receio ter estado a fazer demasiado. De sábado para cá, escrevi oitenta e seis páginas, de papel de carta, além de fazer várias visitas ao povo em seus lares. Esta tarde visitei o irmão e a irmã H, e deixei alguns livros. Ev 455 1 21 de Novembro. Às duas horas visitei hoje os irmãos H, e li algumas coisas que estivera escrevendo a fim de ir ao encontro das dificuldades existentes no espírito da irmã H. Ev 455 2 27 de Novembro. Visitei hoje a irmã K e sua filha. Esta sofreu há pouco um acidente. ... Conversamos e oramos com ela, e o Senhor esteve deveras perto, ao Lhe rogarmos que abençoasse tanto a mãe como a filha. Ev 455 3 Visitamos em seguida a irmã G, que é viúva. ... Tivemos um período de oração com essa irmã, e o benigno Espírito do Senhor repousou sobre nós. Conversamos com a filha da irmã G, menina de seus dezesseis anos, falando-lhe do amor de Jesus e rogando-lhe que entregasse o coração ao Salvador. Disse-lhe que se aceitasse a Cristo como seu Salvador, Ele lhe seria sustentáculo em toda provação, e lhe daria paz e descanso em Seu amor. Ela parecia tocada por nossas palavras. Fomos então ver o irmão e a irmã H. -- Manuscrito 21, 1892. Ev 455 4 Campos queridos ao obreiro -- Dora Creek e Martinsville e as outras povoações nas matas, onde trabalhamos, são-me caros. Espero que se manifeste a mais terna solicitude às almas nesses lugares, e que se façam diligentes esforços para atraí-las a Cristo. Muito se tem feito nesses lugares, e muito mais necessita ser feito. -- Carta 113, 1902. ------------------------Capítulo 14 -- O instrutor bíblico Ensinar a Bíblia é o objetivo Ev 456 1 Necessidade de um reavivamento no estudo da Bíblia -- Necessita-se um reavivamento no estudo da Bíblia em todo o mundo. Cumpre chamar-se a atenção, não para as afirmações dos homens, mas para a Palavra de Deus. À medida que se fizer isto, operar-se-á poderosa obra. Quando Deus declarou que Sua Palavra não voltaria para Ele vazia, queria dizer tudo quanto disse. O evangelho deve ser pregado a todas as nações. A Bíblia deve ser aberta perante o povo. O conhecimento de Deus é a mais alta educação, e encherá a Terra com suas maravilhosas verdades, como as águas cobrem o mar. -- Manuscrito 139, 1898. Ev 456 2 A obra bíblica designada pelo Pai celeste -- Nossa obra foi-nos designada por nosso Pai celeste. Devemos tomar a Bíblia, e sair para advertir o mundo. Somos a mão ajudadora de Deus no salvar almas -- condutos pelos quais Seu amor deve fluir dia a dia para os que perecem. -- Testimonies for the Church 9:150 (1909). Ev 456 3 Um método de origem celeste -- O plano de se darem estudos bíblicos foi uma idéia de origem celeste. Muitos há, tanto homens como mulheres, que se podem empenhar nesse ramo de obra missionária. Podem-se assim desenvolver obreiros que se tornem poderosos homens de Deus. Por este meio a Palavra de Deus tem sido proporcionada a milhares; e os obreiros são postos em contato pessoal com o povo de todas as línguas e nações. A Bíblia é introduzida nas famílias, e suas sagradas verdades encontram guarida na consciência. Os homens são solicitados a ler, examinar e julgar por si mesmos, e devem sentir a responsabilidade de receber ou rejeitar a iluminação divina. Deus não há de permitir que essa preciosa obra em Seu favor fique sem recompensa. Coroará de êxito todo o esforço humilde feito em Seu nome. -- Obreiros Evangélicos, 192 (1915). Ev 457 1 A obra bíblica, um método completo -- Em toda cidade penetrada, deve-se lançar sólido fundamento para uma obra permanente. Cumpre seguir os métodos do Senhor. Fazendo-se trabalho de casa em casa, dando-se instruções bíblicas nas famílias, o obreiro pode obter acesso a muitos que estão buscando a verdade. Abrindo as Escrituras, fazendo oração, exercendo fé, deve ele ensinar ao povo o caminho do Senhor. -- Testimonies for the Church 7:38 (1902). Ev 457 2 Em alguns lugares, melhor a obra bíblica do que reuniões públicas -- Foi-me mostrado uma vez um lugar em que havia sido realizada uma série de reuniões em tenda. Haviam sido feitos grandes preparos, sendo grande também a despesa requerida. Fez-se bastante para despertar a comunidade e, em certo sentido, ela foi despertada; mas foi para advertir dos perigosos erros mantidos por aqueles que estavam pregando a verdade. Soou um alarme, e foram uma e outra vez repetidas falsidades. O argumento do conservar-se de longe foi insistentemente apresentado com muito efeito. Os obreiros ficaram decepcionados com seus esforços, pois apenas alguns foram ouvir, e bem poucos decidiram obedecer à verdade. Ev 457 3 Foi-me mostrado esse lugar em outra ocasião. Vi dois instrutores bíblicos sentados com uma família. Com a Bíblia aberta diante deles, apresentavam o Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa os pecados. Suas palavras eram proferidas com vida e poder. Dirigia-se a Deus fervorosa oração, e corações eram abrandados e rendidos pela enternecedora influência de Seu Espírito. Ev 458 1 Ao ser exposta a Palavra de Deus, vi que uma luz suave, radiosa, iluminava as Escrituras, e eu disse brandamente: "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Ev 458 2 Esses obreiros não eram jactanciosos mas humildes e contritos de coração, compreendendo sempre que o Espírito Santo era a sua eficiência. Sob Sua divina influência, dissipava-se a indiferença, manifestando-se fervoroso interesse. A preciosa luz era comunicada de vizinho a vizinho. Altares de família que haviam sido derribados eram novamente erigidos, e convertiam-se muitos à verdade. -- Carta 95, 1896. Ev 458 3 Exposição da palavra -- Justamente onde vos achais, justamente onde o povo se acha, sejam desenvolvidos diligentes esforços. A Palavra de Deus tem sido, por assim dizer, escondida debaixo do alqueire. Essa Palavra precisa ser explicada aos que se acham agora em ignorância de suas reivindicações. Examinai as Escrituras com os que desejam ser ensinados. A obra poderá ser pequena a princípio, porém outros se unirão para levá-la avante; e à medida que, com fé e confiança em Deus, for desenvolvido diligente labor no esclarecer e instruir o povo nas simples verdades da Palavra, os que ouvirem apreenderão o sentido do verdadeiro discipulado. -- Carta 30, 1911. Obreiros pessoais e sabios conselheiros Ev 458 4 Nosso exemplo afeta nosso conselho -- Ao sobrevir uma crise na vida de qualquer alma, e tentardes dar conselho ou advertência, vossas palavras só exercerão, no bom sentido, o peso e a influência que vos houverem adquirido vosso exemplo e espírito. Precisais ser bons para que possais fazer o bem. Não vos será possível influenciar os outros a se transformarem enquanto vosso coração não se houver tornado humilde, refinado e brando por meio da graça de Cristo. Quando esta mudança se houver operado em vós, ser-vos-á tão natural viver para beneficiar a outros, como o é para a roseira dar suas perfumosas flores, ou a videira produzir purpurinos cachos. -- O Maior Discurso de Cristo, 127, 128 (1896). Ev 459 1 Ministério pessoal na obra bíblica -- É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram e alegrar-nos com os que se alegram. Aliada ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra não há de, não pode, ficar sem frutos. -- A Ciência do Bom Viver, 143, 144 (1905). Ev 459 2 Mulheres como mensageiras de misericórdia -- Necessitamos grandemente de mulheres consagradas que, como mensageiras de misericórdia, visitem as mães e os filhos em seus lares, e as ajudem em seus deveres domésticos diários, caso seja necessário, antes de lhes começarem a falar da verdade para este tempo. Verificareis que, por essa maneira, salvareis almas em resultado de vosso ministério. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1906. Ev 459 3 Aproximando-se dos corações pelo interesse nos enfermos -- Irmãos e irmãs, dedicai-vos ao Senhor para o serviço. Não permitais que passe oportunidade alguma desaproveitada. Visitai os doentes e sofredores, e manifestai-lhes bondoso interesse. Se possível fazei alguma coisa para os cercar de maior conforto. Podereis assim conquistar o coração, e dizer uma palavra em favor de Cristo. -- Testemunhos Selectos 3:302 (1909). Ev 460 1 Ser amigo para a família -- As irmãs podem fazer muito para aproximar-se do coração e enternecê-lo. Onde quer que estejais, minhas irmãs, trabalhai com simplicidade. Se vos encontrais em uma casa onde há crianças, mostrai interesse nelas. Fazei-as sentir que as amais. Se uma está doente, oferecei-vos para lhe fazer tratamento; ajudai a mãe, sobrecarregada e ansiosa a aliviar o sofrimento de seu filhinho. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. Ev 460 2 As pessoas são salvas como indivíduos, não em massa -- O sal deve ser misturado com a substância em que é posto; é preciso que penetre a fim de conservar. Assim, é com o contato pessoal e a convivência que os homens são alcançados pelo poder salvador do evangelho. Não são salvos em massa, mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Cumpre-nos achegar-nos àqueles a quem desejamos beneficiar. -- O Maior Discurso de Cristo, 36 (1896). Ev 460 3 Necessidade de mulheres conselheiras -- Se qualquer mulher, não importa quem, se põe na dependência de vossa compassiva simpatia, deveis reanimá-la, e encorajá-la, e receber cartas dela, e sentir especial responsabilidade de ajudá-la? Meu irmão, deveis mudar vossa orientação nesses assuntos, e dar um bom exemplo aos vossos irmãos ministros. Guardai vossa simpatia para os membros de vossa família, que necessitam de tudo quanto lhes possais dar. Ev 460 4 Quando uma mulher se acha em tribulação, leve ela suas aflições a outras mulheres. Se essa mulher que vos procurou tem motivo de queixa contra seu marido, deve levar essa dificuldade a alguma outra mulher que possa, caso seja necessário, falar convosco sem nenhuma aparência do mal. Ev 461 1 Não pareceis compreender que vossa atitude nessa questão está exercendo errônea influência. Acautelai-vos em vossas palavras e ações. -- Carta 164, 1902. Ev 461 2 Uma grande obra a que o céu se une -- A obra que estais fazendo para ajudar nossas irmãs a sentirem sua responsabilidade individual para com Deus, é boa e necessária. Por muito tempo tem ela sido negligenciada. Quando, porém, essa obra for exposta em linhas claras, simples e definidas, podemos esperar que os deveres domésticos, em vez de serem negligenciados, serão cumpridos muito mais inteligentemente. O Senhor quer que insistamos sempre no valor da alma humana junto daqueles que não lhe compreendem o valor. Ev 461 3 Caso nos seja possível arranjar as coisas de modo a termos grupos organizados regulares que sejam inteligentemente instruídos quanto à parte que devem desempenhar como servos do Mestre, nossas igrejas terão uma vida e vitalidade de que há muito necessitam. A excelência da alma salva por Jesus será apreciada. Nossas irmãs têm geralmente muitos problemas com sua família em crescimento, e suas provações não apreciadas. Tenho almejado muito mulheres que se pudessem educar para ajudar nossas irmãs a se erguerem de seu abatimento, e sentirem que podem fazer uma obra para o Senhor. Isto é levar raios de luz à sua própria vida, raios que se refletirão no coração de outros. Deus vos abençoará a vós e a todos quantos se unirem convosco nessa grande obra. -- Carta 54, 1899. Em busca dos perdidos Ev 461 4 A Bíblia levada à porta de todo homem -- A Bíblia não está acorrentada. Pode ser levada a todas as portas, e suas verdades apresentadas à consciência de cada homem. À semelhança do nobre povo de Beréia, muitos, por si mesmos, examinarão diariamente as Escrituras, para ver se estas coisas são assim. "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." Jesus, o Redentor do mundo, ordena aos homens não só que leiam, mas examinem as Escrituras. É-nos confiada essa grande e importante obra e, se a fizermos, seremos grandemente beneficiados, pois não ficará sem recompensa a obediência às ordens de Cristo. Ele há de coroar com sinais especiais de Seu favor esse ato de lealdade em seguir a luz revelada em Sua Palavra. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 84 (1889). Ev 462 1 Muitos a espera de serem recolhidos -- Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz, de graça, do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos. -- Atos dos Apóstolos, 109 (1911). Ev 462 2 Em busca dos perdidos -- Esta deve ser uma obra decidida. As ovelhas perdidas se acham por todo o país, ao vosso redor. Cumpre-vos procurar e salvar o que está perdido. Elas não sabem como se recuperar a si mesmas. -- Carta 189, 1899. Ev 462 3 Procurar entradas para estudos -- Em toda cidade penetrada, precisamos lançar firme fundamento para uma obra permanente. Importa seguirmos os métodos do Senhor. Fazendo trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos em casas de famílias, o obreiro pode conseguir acesso a muitos que estão buscando a verdade. Mediante o abrir as Escrituras, a oração, o exercício da fé, ele deve ensinar ao povo o caminho do Senhor. -- Testimonies for the Church 7:38 (1902). Ev 463 1 Em busca das almas sinceras -- Preciso fazer o melhor que me é possível no levar ao nosso povo a mensagem de que o Senhor tem almas sinceras em todas as nossas cidades, e que elas devem ser buscadas. Ele não está satisfeito com o progresso que temos feito. Muitas cidades permanecem ainda por assim dizer intatas. Os que se empenham no trabalho de advertir os habitantes de nossas grandes cidades, obterão certa educação no ganhar almas para Cristo. ... Como se converterão elas a menos que a verdade lhes seja exposta com diligência, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento? ... Ev 463 2 Os obreiros não devem gastar o tempo passando e repassando pelo mesmo campo entre as igrejas que já estão confirmadas na verdade, ao passo que há por toda parte muitos que nunca ouviram uma exposição da mesma. -- Carta 8, 1909. Ev 463 3 Obreiros guiados a lares de pessoas interessadas -- Luz, luz da Palavra de Deus -- eis o que o povo necessita. Caso os mestres da Palavra sejam voluntários, o Senhor os porá em íntimas relações com o povo. Guiá-los-á às casas dos que necessitam e desejam a verdade; e ao se empenharem os servos de Deus na obra de buscar as ovelhas perdidas, suas faculdades espirituais são despertadas e dotadas de nova energia -- The Review and Herald, 29 de Dezembro de 1904. Ev 463 4 Força dez vezes maior -- Se metade do tempo agora usado em pregação, fosse dado ao trabalho de casa em casa, ver-se-iam resultados favoráveis. Efetuar-se-ia muito bem, pois os obreiros poderiam entrar em íntimo contato com o povo. O tempo passado a visitar discretamente as famílias e, quando, entre elas, a falar a Deus em oração, entoar-Lhe louvores e explicar Sua Palavra, fará muitas vezes mais benefício do que uma série de conferências públicas. Muitas vezes a mente é impressionada com força dez vezes maior por apelos pessoais do que por qualquer outra espécie de trabalho. A família assim visitada recebe pessoalmente o que se fala. Os membros não se encontram em uma congregação promíscua, em que podem aplicar aos outros as verdades que ouvem. Fala-se a eles próprios, sinceramente, e com benigna solicitude. Eles têm permissão de exprimir livremente suas objeções, e estas podem ser enfrentadas, uma a uma, com um "Assim diz o Senhor". Caso essa obra seja feita em humildade por aqueles cujo coração se acha possuído do amor de Deus, cumprem-se as palavras: "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples." -- Carta 95, 1896. Ev 464 1 Alguns parecem inacessíveis -- Os que trabalham para Deus encontrarão algumas pessoas inacessíveis. Parece ficarem ofendidas de que lhes invadísseis a intimidade da fé e da devoção, e não olham com agrado os que são cooperadores de Deus. Esses obreiros devem tirar os olhos de si mesmos para os fixar em Jesus, atendendo cuidadosamente às orientações encontradas em Sua Palavra. -- Carta 5, 1896. Mulheres no evangelismo Ev 464 2 Neste tempo de crise -- O Senhor tem uma obra para as mulheres da mesma maneira que para os homens. Elas podem ocupar seus lugares em Sua obra nesta crise, e Ele operará por meio delas. Uma vez que se possuam do senso do dever, e trabalhem sob a influência do Espírito Santo, terão a posse de si mesmas que este tempo requer. O Salvador fará refletir a luz de Seu rosto sobre essas abnegadas mulheres, e dar-lhes-á poder que ultrapassa ao dos homens. Elas podem fazer nas famílias uma obra que os homens não podem fazer, obra que alcança a vida íntima. Podem chegar bem perto do coração daqueles que estão além do alcance dos homens. Seu trabalho é necessário. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1902. Ev 465 1 Mulheres que têm a obra no coração -- As mulheres que têm no coração a obra de Cristo, podem fazer uma boa obra no distrito em que residem. Cristo fala das mulheres que O ajudavam no apresentar a verdade a outros, e também Paulo se refere às mulheres que trabalharam com ele no evangelho. Mas quão limitada é a obra feita por aquelas que poderiam fazer uma grande obra, se quisessem! -- Carta 31, 1894. Ev 465 2 Quando mulheres crentes sentem preocupação pelas almas -- Tenho pensado, que com a vossa experiência, sob a direção de Deus poderíeis exercer vossa influência para pôr em funcionamento ramos de trabalho em que as mulheres pudessem unir-se em serviço para o Senhor. Devia haver certamente maior número de senhoras empenhadas na obra de ministrar à humanidade sofredora, erguendo, educando em crer -- simplesmente crer -- em Jesus Cristo nosso Salvador. E à medida que as almas se derem ao Senhor Jesus, fazendo inteira entrega, entenderão a doutrina. ... Ev 465 3 Sinto-me penalizada de que nossas irmãs da América não estejam, em maior número, fazendo a obra que poderiam fazer para o Senhor Jesus. Permanecendo em Cristo, receberiam ânimo e força e fé para o trabalho. Muitas mulheres gostam de falar. Por que não podem elas falar as palavras de Cristo às almas perdidas? Quanto mais achegados nos achamos a Cristo, tanto mais o coração conhece a miséria das almas que não conhecem a Deus, e não sentem a desonra que estão ocasionando a Cristo, que as comprou por preço. Ev 465 4 Quando as mulheres crentes experimentarem um senso de responsabilidade pelas almas, e o peso dos pecados alheios, elas trabalharão como Cristo trabalhava. Não considerarão nenhum sacrifício demasiado grande para ganhar almas para Cristo. E todo aquele que tiver este amor por almas, é nascido de Deus; esses estão prontos a seguir-Lhe as pisadas, e empregarão os talentos da voz e das palavras no serviço do Mestre; a própria seiva vinda do tronco a sua alma, fluirá em positivos condutos de amor às almas murchas e ressecadas. Ev 466 1 Há nesta obra contínua educação. O desejo de ser uma bênção revela ao obreiro a sua própria fraqueza e ineficiência. Isto impele a alma a Deus em oração, e o Senhor Jesus comunica luz e Seu Santo Espírito, e ela compreende ser Cristo quem opera o abrandamento e o quebrantamento dos corações endurecidos. -- Carta 133, 1898. Ev 466 2 Necessárias em vários ramos da obra -- Há, nos vários ramos do trabalho da causa de Deus, um vasto campo em que nossas irmãs podem fazer bom serviço para o Mestre. Muitos ramos da obra missionária são negligenciados. Nas diversas igrejas, muito trabalho muitas vezes deixado por fazer ou executado imperfeitamente, podia ser bem-feito pelo auxílio que nossas irmãs, sendo devidamente instruídas, podem dar. Por vários ramos de esforços missionários domésticos, podem elas atingir uma classe não alcançada por nossos ministros. Entre as nobres mulheres que tiveram a coragem moral de decidir-se em favor da verdade para este tempo, muitas há dotadas de tato, percepção, boas aptidões, e que darão obreiras bem-sucedidas. Os labores dessas mulheres cristãs são necessários. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1914. Ev 466 3 A parte das mulheres no evangelismo -- Nos vários ramos da obra missionária, a mulher modesta e inteligente pode usar suas faculdades com o mais alto proveito. Quem pode ter tão profundo amor pelas almas de homens e mulheres por quem Cristo morreu como aqueles que são participantes de Sua graça? Quem pode representar a verdade e o exemplo de Cristo melhor do que as mulheres cristãs que estão em sua vida praticando a verdade? -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1914. Ev 467 1 Como conselheira, companheira e coobreira -- A mulher, caso aproveite sabiamente o tempo e suas faculdades, descansando em Deus quanto à sabedoria e à força, pode ombrear com seu marido como conselheira, companheira e coobreira, sem todavia nada perder de sua graça feminil e modéstia. Ela pode elevar o próprio caráter e, assim fazendo, está elevando e enobrecendo o caráter de sua família, e exercendo poderosa se bem que inconsciente influência nos que a rodeiam. Por que não havia de a mulher cultivar o intelecto? Por que não havia ela de corresponder ao desígnio de Deus em sua existência? Por que não podem elas compreender suas próprias faculdades e, reconhecendo que essas faculdades lhes são dadas por Deus, se esforçarem por empregá-las ao mais alto grau em fazer bem aos outros, em promover o progresso da obra de reforma, de verdade e bondade real no mundo? Satanás sabe que as mulheres têm um poder de influência para o bem ou para o mal; procura, portanto, alistá-las em sua causa. -- Good Health, Junho de 1880. Ev 467 2 O poder de uma vida coerente -- Admirável é a missão das esposas e mães e das obreiras mais jovens. Se quiserem, podem exercer uma influência para o bem em todos quantos a cercam. Pela modéstia no vestuário e a circunspecção na conduta, podem dar testemunho da verdade em sua simplicidade. Podem fazer sua luz brilhar de tal forma perante todos, que outros vejam suas boas obras e glorifiquem a seu Pai que está nos Céus. Uma mulher verdadeiramente convertida exercerá poderosa influência, transformadora, para o bem. Ligada ao marido ela o pode ajudar em seu trabalho, tornando-se instrumento em animá-lo e beneficiá-lo. Quando a vontade e o caminho são postos em submissão ao Espírito de Deus, não há limites ao bem que se pode realizar. -- Manuscrito 91, 1908. Ev 468 1 Portadores de encargos para Jesus -- Nossas irmãs, as jovens, as de meia-idade e as idosas, podem ter uma parte na finalização da obra para este tempo; e ao fazerem isto, segundo tenham ensejo, adquirirão experiência do mais alto valor para elas próprias. No esquecimento do próprio eu, crescerão elas em graça. Exercitando a mente nessa direção, hão de aprender a assumir encargos por Jesus. -- The Review and Herald, 2 de Janeiro de 1879. Ev 468 2 Os que trabalham em casa -- Os que empregam homens ou mulheres para ajudar no serviço doméstico, devem pagar-lhes um justo salário. Devem dispensar-lhes também justa apreciação. Não os deixeis pensar que sua fidelidade no serviço não é apreciada. Seu trabalho é tão essencial como o dos que dão instruções bíblicas, e devem receber palavras de apreciação. Essas pessoas têm muitas vezes sede de compaixão e simpatia, e isto não lhes devia ser negado, pois o merecem. Os que cozinham e fazem outros trabalhos domésticos estão tão verdadeiramente empenhados no serviço de Deus como os que fazem a obra bíblica. E acham-se em maior necessidade de simpatia e compaixão; pois nos ramos espirituais da obra há alguma coisa que mantém o ânimo alegre, elevado e confortado. E, lembrai-vos, somos todos servos. A pessoa que faz vosso trabalho doméstico não é menos altamente considerada pelo Senhor do que a que dá instruções bíblicas. -- Manuscrito 128, 1905. Tanto homens como mulheres chamados à obra bíblica Ev 469 1 Aliar os talentos para uma obra decisiva -- Quando se tem a fazer uma grande e decisiva obra, Deus escolhe homens e mulheres para realizá-la, e ela sofrerá o dano caso os talentos de ambas as partes não se aliarem. -- Carta 77, 1898. Ev 469 2 As mulheres, da mesma maneira que os homens, podem empenhar-se na obra de colocar a verdade onde possa atuar e manifestar-se. -- Testemunhos Selectos 3:347 (1909). Ev 469 3 Algumas mulheres aptas para a obra bíblica -- Mulheres há, especialmente aptas para a obra de dar instruções bíblicas, e são muito bem-sucedidas em apresentar a Palavra de Deus aos outros em sua simplicidade. Elas se tornam grande bênção em aproximar-se de mães e filhas. Isto é uma obra sagrada, e os que nela se empenham devem ser animados. -- Carta 108, 1910. Ev 469 4 Mulheres de cor chamadas à obra -- Ultimamente, como a necessidade desse campo me tenha sido insistentemente apresentada, não me tem sido possível dormir senão um pouco. A obra médico-missionária deve ser levada avante entre este povo [de cor], ao qual deve ser ministrado algum preparo em enfermagem, cozinha e outros importantes ramos de trabalho. Há entre eles pessoas que devem ser preparadas para ocupar o lugar de professores, instrutores bíblicos, colportores. -- Carta 221, 1904. Ev 469 5 Preparados homens de cor -- Homens de cor devem ser cabalmente educados e preparados para dar instruções bíblicas e efetuar reuniões de tenda entre seu próprio povo. Há muitos dotados de capacidade, os quais devem ser preparados para esta obra. -- Testimonies for the Church 9:207 (1909). Ev 470 1 Instruções bíblicas por homens de discernimento espiritual -- Corações têm ficado impressionados e almas convertidas ao terdes apresentado as grandes, probantes verdades da Bíblia, as verdades da graça de Cristo. Devem unir-se agora convosco em vossos labores, homens de discernimento espiritual, os quais cooperarão convosco, darão de dia instruções bíblicas aos novos conversos, dizendo-lhes como se devem submeter ao poder do Espírito Santo, para que essas almas sejam plena e firmemente estabelecidas na verdade. Elas necessitam de instruções pessoais acerca de muitos assuntos. -- Carta 376, 1906. Ev 470 2 Preparar homens e mulheres para a obra bíblica -- O Pastor Haskell e esposa estavam dando instruções bíblicas durante a manhã, e à tarde os obreiros em preparo saíam e faziam visitas de casa em casa. Essas visitas missionárias e a venda de muitos livros e revistas, abriram o caminho para dar estudos bíblicos. Cerca de quarenta homens e mulheres estavam assistindo às classes de manhã, e bom número desses estudantes se empenhavam no trabalho à tarde. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1906. O visitador evangélico Ev 470 3 Tanto instrutores bíblicos como visitadores -- Alguns há que possuem certa experiência, os quais devem, com todo esforço que fazem em igrejas em declínio bem como em lugares novos, escolher rapazes ou homens de idade madura para ajudá-los na obra. Obterão assim conhecimento mediante o interessarem-se em esforço individual, e dezenas e dezenas se estarão habilitando para utilidade como instrutores bíblicos, colportores e visitadores entre as famílias. -- Carta 34, 1886. Ev 471 1 Os jovens chamados como visitadores evangélicos -- Há muitos ramos em que os jovens podem encontrar ensejo para útil esforço. Devem organizar-se e instruir-se cabalmente grupos para trabalhar como enfermeiros, visitadores evangélicos, obreiros bíblicos, colportores, pastores e evangelistas médico-missionários. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 546 (1913). Ev 471 2 Mulheres como visitadoras -- As mulheres podem efetuar um bom trabalho para Deus, caso aprendam primeiro a preciosa e todo-importante lição da mansidão na escola de Cristo. Serão capazes de beneficiar a humanidade apresentando-lhe a perfeita suficiência de Jesus. ... Ev 471 3 Muitos que são encarregados de fazer alguma humilde espécie de trabalho para o Mestre, ficam dentro em pouco descontentes, e pensam que devem ser mestres e dirigentes. Desejam largar seu humilde serviço, que é justamente tão importante em sua esfera, como as maiores responsabilidades. Os que são postos a visitar, vêm logo a pensar que qualquer um pode fazer esse trabalho, que qualquer um pode dirigir palavras de simpatia e animação, e, de maneira humilde e discreta, levar outros a terem uma compreensão correta das Escrituras. Esta é, porém, uma obra que demanda muita graça, muita paciência, e crescente provisão de sabedoria. ... Ev 471 4 Nenhuma obra feita para o Mestre deve ser considerada inferior ou de pouca estima. ... Uma vez que seja feita com boa disposição, humildemente, e na mansidão de Cristo, redundará na glória de Deus. -- Carta 88, 1895. Mulheres no ministério público Ev 471 5 A eficácia da obra feminina -- As mulheres podem ser instrumentos de justiça, prestando santo serviço. Foi Maria quem primeiro pregou Jesus ressuscitado. ... Se houvesse vinte mulheres onde há agora uma, as quais fizessem dessa santa missão seu trabalho apreciado, veríamos muitos mais conversos à verdade. A influência enobrecedora, suavizante, de uma mulher cristã, é necessária na grande obra de pregar a verdade. -- The Review and Herald, 2 de Janeiro de 1879. Ev 472 1 Marido e mulher unidos numa mesma obra -- Há mulheres que devem trabalhar no ministério evangélico. A muitos respeitos elas fariam melhor do que os ministros que negligenciam visitar o rebanho de Deus. -- Manuscrito 43a, 1898. Ev 472 2 Requer-se sabedoria na escolha de mestres do evangelho -- Devem ser escolhidos para a obra, homens sábios, consagrados, que possam efetuar uma boa obra no aproximar-se das almas. Também se devem escolher mulheres capazes de apresentar a verdade de maneira clara, inteligente e direta. Necessitamos entre nós de obreiros que vejam a necessidade da profunda obra da graça a ser operada no coração; e esses devem ser animados a se empenharem em diligente esforço missionário. Há muito se faz sentir a necessidade de mais dessa espécie de obreiros. Cumpre-nos orar mui fervorosamente: "Senhor, ajuda-nos a nos ajudarmos uns aos outros." O próprio eu deve ser sepultado com Cristo, e precisamos ser batizados com o Espírito Santo de Deus. Revelar-se-á então na linguagem, no espírito e na maneira de trabalhar, que o Espírito de Deus está dirigindo. Ev 472 3 Necessitamos como obreiros homens e mulheres que compreendam as razões de nossa fé, e compreendam a obra a ser feita no comunicar a verdade, e que recusem proferir qualquer palavra que enfraqueça a confiança de qualquer alma na Palavra de Deus ou destrua a fraternidade que deve existir entre os da mesma fé. -- Carta 54, 1909. Ev 472 4 Uma instrutora bíblica fala à congregação -- Cada semana conta a sua história; uma ou duas almas recebem a verdade, e a maravilhosa mudança em sua fisionomia e caráter é tão notável aos olhos dos vizinhos, que a convicção produzida pela própria vida dessas pessoas leva outros à verdade; e eles estão agora examinando diligentemente as Escrituras. ... Ev 473 1 As irmãs R e W estão fazendo um trabalho tão eficaz como o dos ministros; e em algumas reuniões em que os ministros são chamados a outra parte, a irmã W toma a Bíblia e dirige a congregação. -- Carta 169, 1900. Ev 473 2 Uma irmã dirigir-se à multidão -- Cremos plenamente em organização de igreja, porém em nada que deva prescrever precisamente a maneira em que devamos trabalhar; pois nem todas as mentes são atingidas pelos mesmos métodos. ... Ev 473 3 Cada pessoa tem sua própria lâmpada para manter ardendo. ... Muito mais luz irradia de uma lâmpada assim na vereda de um errante, do que seria dada por toda uma procissão de tochas reunidas para ostentação e exibição. Oh, que obra pode ser feita se não nos distendermos além de nossa medida! Ev 473 4 Ensinai isto, minha irmã. Tendes muitos caminhos abertos diante de vós. Dirigi-vos à multidão sempre que vos for possível; conservai toda partícula de influência que puderdes por meio de qualquer associação que possa ser tornada o meio de introduzir o fermento na massa. Todo homem e toda mulher tem uma obra a fazer para o Mestre. A consagração e santificação individuais a Deus realizarão mais, pelos métodos mais simples, do que a mais imponente exibição. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1899. Ev 473 5 Classe bíblica da reunião campal dirigida por mulheres -- Nossas reuniões campais devem ser dirigidas de tal maneira que sejam escolas para a educação de obreiros. Necessitamos ter melhor compreensão da divisão do trabalho, e educar todos na maneira de desempenhar sua parte da obra com êxito. ... Façam-se breves discursos, e depois haja classes bíblicas. Certifique-se o orador de firmar a verdade na mente dos ouvintes. Mulheres inteligentes, uma vez que sejam verdadeiramente convertidas, podem ter uma parte nessa obra de dirigir classes de Bíblia. Há vasto campo de serviço para as mulheres, da mesma maneira que para os homens. -- Carta 84, 1910. Preparo e fundamento Ev 474 1 O valor de obreiros bem preparados -- Deus chama obreiros; porém quer os que estejam dispostos a submeterem sua vontade à dEle, e que ensinem a verdade como é em Jesus. Um obreiro que tenha sido preparado e instruído para a obra, que seja regido pelo Espírito de Cristo, efetuará incomparavelmente mais que dez obreiros que saiam deficientes no conhecimento e fracos na fé. Uma pessoa que trabalhe em harmonia com o conselho de Deus e em unidade com seus irmãos, será mais eficiente para realizar o bem, do que dez que não compreendam a necessidade de confiar em Deus e de agir em harmonia com o plano geral da obra. -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1888. Ev 474 2 Instrutoras bíblicas de nossas escolas -- Em toda escola estabelecida por Deus deve haver, como nunca dantes, procura de instrução bíblica. Nossos alunos devem ser educados para se tornarem instrutores bíblicos, e os professores de Bíblia podem fazer uma obra maravilhosíssima, caso aprendam eles próprios do grande Mestre. Ev 474 3 A Palavra de Deus é verdadeira Filosofia, ciência genuína. As opiniões humanas e pregações sensacionalistas bem pouco valor têm. Os que se acham possuídos da Palavra de Deus, podem ensiná-la da mesma maneira simples por que Cristo a ensinou. Muito depende, no abrir as Escrituras aos que se acham em trevas, de usarmos uma palavra que não possa ser facilmente compreendida. ... Ev 474 4 Há necessidade de obreiros que se aproximem bem dos descrentes, não esperando que eles se acheguem a eles, obreiros que busquem as ovelhas perdidas, que façam trabalho pessoal, e dêem instruções claras e positivas. Ev 475 1 O objetivo de nossas escolas deve ser proporcionar a melhor instrução e preparo aos nossos instrutores bíblicos. As associações devem cuidar que as escolas sejam providas de professores bem competentes no ensino da Bíblia, e que possuam profunda experiência cristã. Os melhores talentos do ministério devem ser empregados em nossas escolas. -- Manuscrito 139, 1898. Ev 475 2 Uma educação ampla, incluindo a obra bíblica -- É desígnio do Senhor que a escola seja também um lugar em que se proveja preparo nos trabalhos femininos -- cozinha, cuidado da casa, costura, escrituração comercial, leitura correta e pronúncia. As alunas devem estar habilitadas a ocupar qualquer cargo que lhes seja oferecido -- superintendentes, professoras de Escola Sabatina, instrutoras bíblicas. Devem estar preparadas para ensinar na escola da Igreja. -- Carta 3, 1898. Ev 475 3 Obreiros experimentados, não rapazes e moças -- A obra ministerial não pode nem deve ser confiada a rapazes, nem o trabalho de dar instruções bíblicas ser dado a moças inexperientes, pelo fato de eles oferecerem seus serviços e estarem desejosos de tomar posições de responsabilidade, mas que são deficientes na experiência religiosa, e sem a devida educação e preparo. Eles precisam ser provados para ver se suportam a prova; e a menos que tenham desenvolvido princípios firmes, conscienciosos, para serem tudo quanto Deus quer que sejam, não representarão bem nossa causa e a obra para este tempo. Ev 475 4 Deve haver em nossas irmãs que se empenham na obra em cada Missão, certa profundidade de experiência, adquirida dos mais experientes, e que compreendem a maneira e o modo de trabalhar. As atividades missionárias são constantemente embaraçadas por carência de obreiros dotados do devido espírito, da devoção e piedade que representem corretamente nossa fé. -- Christian Education, 45, 46 (1894). Ev 476 1 A obra requer inteligência -- Não devem entrar na obra de expor as Escrituras e fazer conferências sobre as profecias, moços que não possuem certo conhecimento das importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outros. Talvez sejam deficientes nos ramos comuns de educação, deixando portanto de efetuar a soma de bem que poderiam fazer, caso houvessem tido as vantagens de uma boa escola. A ignorância não aumentará a humildade nem a espiritualidade de nenhum professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina podem ser melhor apreciadas por um cristão intelectual. Cristo pode ser mais glorificado pelos que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a empregar as faculdades que Deus nos deu da maneira que melhor represente a religião da Bíblia e promova a glória de Deus. -- Testimonies for the Church 3:160 (1872). Ev 476 2 Obreiros cabalmente preparados -- O terceiro anjo é representado voando pelo meio do céu, mostrando que a mensagem deve ir avante por toda a extensão e largura da Terra. É a mensagem mais solene que já foi anunciada aos mortais, e todos quantos têm ligação com a obra devem sentir primeiro sua necessidade de educação, e um mais completo processo de preparo para o trabalho, com relação a sua utilidade futura; e devem-se fazer planos e esforços para o progresso daquela classe que pretende unir-se a qualquer ramo de trabalho na obra. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1887. Ev 476 3 O instrutor precisa conhecer os reais princípios da verdade -- Estai certos de conhecer os verdadeiros princípios da verdade; e depois, ao enfrentardes oponentes, não o fareis em vossas próprias forças. Um anjo de Deus se achará a vosso lado, para vos ajudar a responder a qualquer pergunta que vos seja dirigida. Cumpre-vos ficar dia a dia, por assim dizer, encerrados com Jesus; e então vossas palavras e exemplo exercerão influência poderosa para o bem. -- Obreiros Evangélicos, 105 (1915). Ev 477 1 Um apelo em prol de instrutoras bíblicas mais instruídas -- Desejo criar um fundo para pagamento dessas devotadas mulheres que são as mais úteis obreiras em dar instruções bíblicas. Sou também levada a dizer que nos cumpre educar mais obreiras para fazerem esse trabalho. -- Carta 83, 1899. Requisitos das instrutoras bíblicas Ev 477 2 Capacidade das mulheres para a obra de Deus -- Necessitam-se mulheres de princípios firmes e caráter decidido, mulheres que creiam que estamos na verdade vivendo nos últimos dias, e que temos a última e solene mensagem de advertência a ser dada ao mundo. Devem sentir que estão empenhadas numa importante obra no difundir os raios de luz derramados sobre elas pelo Céu. Coisa alguma deterá essa classe no cumprimento de seu dever. Coisa alguma as desanimará em seu trabalho. Elas têm fé para trabalhar para o tempo presente e a eternidade. Temem a Deus, e não serão desviadas da obra pela tentação de lucrativas posições nem de atraentes perspectivas. O sábado do quarto mandamento é por elas guardado como santo, porque Deus sobre ele pôs Sua santidade, e lhes ordenou que o santificassem. Elas manterão sua integridade custe o que lhes custar. ... Estas são as que hão de representar corretamente nossa fé; cujas palavras serão ditas com propriedade, como maçãs de ouro em salvas de prata. ... Irmãs, Deus vos chama a trabalhar no campo da seara, e ajudar a recolher os molhos. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1878. Ev 478 1 Novas e não danificadas energias -- Para que a obra possa avançar em todos os ramos, Deus pede vigor, zelo e coragem dos jovens. Ele escolheu a mocidade para ajudar no progresso de Sua causa. Planejar com clareza de espírito e executar com mãos valorosas, exige energias novas e sãs. Os jovens, homens e mulheres, são convidados a consagrar a Deus a força de sua juventude, a fim de que, pelo exercício de suas faculdades, mediante vivacidade de pensamento e vigor de ação, possam glorificá-Lo, a Ele, e levar salvação a seus semelhantes. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 535 (1913). Ev 478 2 Necessitam-se homens e mulheres novos, que não sejam governados por circunstâncias, que andem com Deus, que orem muito e envidem fervorosos esforços para adquirir toda a luz que possam. -- Idem, 537 (1913). Ev 478 3 Mulheres perseverantes -- Todos quantos trabalham para Deus, devem possuir um misto dos atributos de Marta e de Maria -- a boa vontade para servir e sincero amor pela verdade. O próprio eu e o egoísmo precisam ser perdidos de vista. Deus demanda fervorosas obreiras, prudentes, afetivas, ternas e fiéis aos princípios. Ele convida mulheres perseverantes, que tiram o pensamento de si mesmas e de seu interesse pessoal, concentrando-o em Cristo, proferindo palavras de verdade, orando com as pessoas às quais conseguem acesso, trabalhando pela conversão de almas. -- Testemunhos Selectos 2:405 (1900). Ev 478 4 Mulheres com capacidade de tomar justas decisões -- Há mulheres nobres que tiveram coragem moral para se decidir em favor da verdade em face do peso das provas. Aceitaram conscienciosamente a verdade. São dotadas de tato, percepção e boas aptidões, e darão bem-sucedidas obreiras para o Mestre. Pedem-se mulheres cristãs. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1878. Ev 479 1 Resistência de caráter e poder de influência -- Alguns dos que se entregam ao serviço missionário são fracos, sem energia, sem entusiasmo e facilmente desanimáveis. Falta-lhes a iniciativa. Não têm aqueles positivos traços de caráter que dão a força para fazer alguma coisa -- o espírito e energia que iluminam o entusiasmo. Aqueles que desejam o sucesso devem ser corajosos e otimistas. Devem cultivar não só as virtudes passivas mas as ativas. Respondendo com doçura, para afastar a cólera, devem possuir a coragem de um herói para resistir ao mal. Com a caridade que tudo suporta, carecem de força de caráter para que sua influência exerça um poder positivo. -- A Ciência do Bom Viver, 497, 498 (1905). Ev 479 2 Ide ao fundo de todo assunto -- Se sois chamados para ser mestres em qualquer ramo da obra de Deus, sois também chamados para ser discípulos na escola de Cristo. Se tomais sobre vós a sagrada responsabilidade de ensinar outros, tendes o dever de ir ao âmago do assunto que procurais ensinar. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 31 (1892). Ev 479 3 Coragem, força, energia, perseverança -- A vida cristã é mais importante do que muitos crêem. Não consiste somente em delicadeza, paciência, doçura, e bondade. São essenciais estas graças; mas há também necessidade de coragem, força, energia e perseverança. O caminho que Cristo nos traça é um caminho estreito e exige abnegação. Para entrar nesse caminho, e passar pelas dificuldades e desânimos, requerem-se homens fortes. ... Ev 480 1 Algumas pessoas não têm firmeza de caráter. Seus planos e objetivos não têm uma forma definida, nem consistência. São de muito pouca utilidade prática no mundo. Esta fraqueza, indecisão e ineficácia deve ser vencida. Há no verdadeiro caráter cristão uma indomabilidade que não pode ser adaptada nem submetida por circunstâncias adversas. Devemos ter fibra moral, uma integridade que não ceda à lisonja, nem à corrupção, nem às ameaças. -- A Ciência do Bom Viver, 498 (1905). Ev 480 2 Prontidão e precisão -- A causa de Deus requer homens que possam ver prontamente e agir instantaneamente no devido tempo, e com poder. Se esperardes para pesar toda dificuldade e ponderar toda perplexidade que encontrardes, bem pouco fareis. Tereis obstáculos e dificuldades a enfrentar a cada passo, e, com firme propósito, precisais decidir vencê-los; do contrário, eles vos vencerão a vós. -- Testimonies for the Church 3:497 (1875). Ev 480 3 Sistema e rapidez em todo trabalho -- Vosso aposento pode conter muitos pequeninos ornamentos aí colocados para fins de admiração; se, porém, tiverdes unicamente em vista a glória de Deus, bem fareis em encaixotar esses pequenos ídolos. No manuseá-los, tirar o pó e recolocá-los, são gastos muitos preciosos momentos que poderiam ser empregados em trabalho necessário. Mas se essas bugigangas não houverem de ser afastadas, tendes então outra lição a aprender. Sede expeditos. Não tomeis sonhadoramente cada artigo, conservando-o na mão, como se vos desagradasse pô-lo no seu lugar. É dever dos que são vagarosos em seus movimentos melhorar-se a esse respeito. Disse o Senhor: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Ev 480 4 Ao preparar as refeições, fazei vossos cálculos, concedendo-vos todo o tempo que sabeis por experiência precisar para cozinhar bem a comida e pô-la à mesa a seu devido tempo. Melhor, porém, é estar pronto cinco minutos antes, do que cinco minutos depois. No lavar a louça, também, o trabalho deve ser feito com desembaraço, e todavia com cuidado e esmero. Os hábitos lentos, demorados, fazem do pouco muito trabalho. Mas se quiserdes podereis vencer esses hábitos lentos e intrincados. O exercício da força de vontade fará com que as mãos se movam destramente. -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897. Métodos da obra bíblica Ev 481 1 Estudos bíblicos simples, vivos -- Cumpre erguer-nos e cooperar com Cristo. ... Obedecei à comissão evangélica; ide aos caminhos e valados. Visitai tantos lugares quantos vos for possível. Dai estudos bíblicos simples, vivos, os quais exercerão uma correta influência na mente dos ouvintes. -- Manuscrito 53, 1910. Ev 481 2 Uma mensagem para despertar o povo para estudar -- A probante mensagem para este tempo deve ser proclamada tão claramente e com tanta decisão, que desperte os ouvintes e os leve a desejar estudar as Escrituras. -- Testimonies for the Church 9:109 (1909). Ev 481 3 Ensinai a aproximarem-se da Bíblia no espírito do aluno -- O estudante da Bíblia deve ser ensinado a aproximar-se desta no espírito de quem quer aprender. Devemos pesquisar suas páginas, não à busca de provas com que manter nossas opiniões, mas com o fim de saber o que Deus diz. -- Educação, 189 (1903). Ev 481 4 Cada estudo bíblico deve ter um plano distinto -- Todo professor deve cuidar de que seu trabalho tenda a resultados definitivos. Antes de tentar ensinar uma matéria, deve ter em seu espírito um plano distinto, e saber o que precisamente deseja conseguir. Não deve ficar satisfeito com a apresentação de qualquer assunto antes que o estudante compreenda os princípios nele envolvidos, perceba a sua verdade, e esteja apto a referir claramente o que aprendeu. -- Idem, 233, 234 (1903). Ev 482 1 Simplicidade nas palavras -- Não procureis nunca palavras que dêem a impressão de serdes eruditos. Quanto maior vossa simplicidade, tanto melhor serão vossas palavras compreendidas. -- Testimonies for the Church 6:383 (1900). Ev 482 2 A explanação simples, melhor que os argumentos -- O argumento é bom, oportunamente; mas pode-se conseguir muito mais mediante a simples explanação da Palavra de Deus. As lições de Cristo eram tão claramente ilustradas, que os mais ignorantes lhes podiam apanhar facilmente o sentido. Jesus não usava palavras difíceis em Seus discursos; servia-Se de linguagem simples, adequada ao espírito do povo comum. Não ia, no assunto que expunha, mais longe do que eles O poderiam acompanhar. -- Obreiros Evangélicos, 169 (1915). Ev 482 3 Poucos argumentos podem ser suficientes -- Não é o melhor método ser tão explícito, e dizer sobre um ponto tudo quanto se pode dizer, quando alguns argumentos abrangerão o assunto, sendo suficientes, para todos os fins práticos, para convencer e reduzir a silêncio o adversário. -- Idem, 376 (1915). Ev 482 4 A verdade presente em estilo simples -- Neste século em que as fábulas agradáveis andam flutuando no ambiente e atraindo o espírito, a verdade apresentada em estilo fácil, corroborada com algumas vigorosas provas, é melhor que buscar e fazer uma série avassaladora de demonstrações; pois então o ponto não fica tão claro em muitas mentes como antes de as objeções e provas lhes serem apresentadas. Para muitos, as afirmações têm mais eficácia que as longas argumentações. Tomam muita coisa por certa. As provas não ajudam o caso, no espírito de pessoas assim. -- Testemunhos Selectos 1:296 (1872). Ev 483 1 Regra sobre regra -- Seja a verdade apresentada como é em Jesus, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. -- Testimonies for the Church 9:240 (1909). Ev 483 2 O poder da simpatia cristã -- Palavras bondosas ditas com simplicidade, pequeninas atenções dispensadas com singeleza, dissiparão as nuvens da tentação e da dúvida que se adensam sobre a alma. A sincera expressão de simpatia cristã vinda do coração e manifestada com simplicidade, tem poder de abrir a porta dos corações que necessitam do singelo e delicado toque do Espírito de Cristo. -- Testimonies for the Church 9:30 (1909). Ev 483 3 Buscai caminho ao coração deles -- Sempre que vos for possível ter acesso ao povo em seu lar, aproveitai a oportunidade. Tomai a Bíblia, e exponde-lhes as grandes verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e consecuções, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem-feitos discursos. -- Obreiros Evangélicos, 193 (1915). Ev 483 4 Ensinando e praticando os princípios -- Não como uma teoria árida deviam ser ensinadas estas coisas. Aqueles que desejam comunicar a verdade, devem por sua vez praticar seus princípios. Apenas refletindo o caráter de Deus na retidão, nobreza e abnegação de sua vida, poderão eles impressionar os outros. -- Educação, 40 (1903). Ev 483 5 A influência da cruz na conquista de almas -- A cruz do Calvário deve ser exaltada perante o povo, a fim de que lhes absorva a mente e concentre os pensamentos. ... Como agentes vivos para a iluminação da Terra os obreiros emitirão raios de luz para o mundo. -- O Maior Discurso de Cristo, 44 (1896). Ev 484 1 Responder a perguntas -- A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos. -- Obreiros Evangélicos, 193 (1915). Ev 484 2 Obra bíblica pessoal, paciente, cabal -- Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem em contato íntimo com aqueles que mais necessitam de seu auxílio. Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais delicada, conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando a indagar: "Que é a verdade?" Cuidadosa e suavemente eles os deveriam conduzir e educar, como discípulos numa escola. Muitos têm de desaprender teorias que de há muito acreditaram ser a verdade. Ao se convencerem de que se achavam em erro quanto a assuntos escriturísticos, são lançados em perplexidades e dúvidas. Eles necessitam da mais terna simpatia e do mais judicioso auxílio; devem ser instruídos com cuidado, e necessitam que se ore por eles e com eles, que os vigiem e os protejam com bondosa solicitude. -- Idem, 190, 191 (1915). Ev 484 3 Onde há preconceito -- Cristo atraía o coração dos ouvintes a Si pela manifestação de Seu amor, e depois, pouco a pouco, à medida que o podiam suportar, desdobrava perante eles as grandes verdades do reino. Também nós precisamos adaptar nossos trabalhos à condição do povo -- ir ao encontro dos homens no terreno deles. Ao passo que as reivindicações da lei de Deus devem ser apresentadas ao mundo, nunca devemos esquecer que o amor -- o amor de Cristo -- é a única força que pode abrandar o coração e levar à obediência. Ev 485 1 Todas as grandes verdades das Escrituras centralizam-se em Cristo; devidamente compreendidas, todas levam a Ele. Seja Cristo apresentado como o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim do grande plano da redenção. Apresentai ao povo assuntos tais que lhes robusteçam a confiança em Deus e em Sua Palavra, e os levem a investigar por si mesmos seus ensinos. E, à medida que eles avançam, passo a passo, no estudo da Bíblia, ficarão melhor preparados para apreciar a beleza e harmonia de suas preciosas verdades. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1912. Ev 485 2 Apresentar verdades probantes depois da conversão -- Não deveis sentir que é vosso dever introduzir argumentos quanto ao assunto do sábado ao vos encontrardes com o povo. Se as pessoas mencionam o assunto, dizei-lhes que isto não vos preocupa no momento. Mas havendo eles entregue o coração e o espírito e a vontade a Deus, então se acham sinceramente preparados a pesar as provas no tocante a essas solenes e probantes verdades. -- Carta 77, 1895. Ev 485 3 A mensagem de preferência a argumentos -- Frases cunhadas, formais, a apresentação de assuntos meramente argumentativos, não trazem benefício. O amor enternecedor de Deus no coração dos obreiros será reconhecido por aqueles em cujo benefício eles trabalham. As almas estão sedentas da água da vida. Não sejais cisternas vazias. Caso lhes reveleis o amor de Cristo, podereis levar os sedentos e famintos a Jesus, e Ele lhes dará o pão da vida e as águas da salvação. -- Carta 77, 1895. Ev 485 4 Contai sempre vossa própria experiência de conversão -- Ponde em ação toda a vossa energia espiritual. Dizei àqueles a quem visitais que se acha próximo às portas, o fim de todas as coisas. O Senhor Jesus Cristo abrirá a porta do coração deles, causando uma duradoura impressão em seu espírito. Esforçai-vos por despertar homens e mulheres de sua insensibilidade espiritual. Dizei-lhes como encontrastes Jesus, e como tendes sido abençoados desde que vos pusestes ao Seu serviço. Contai-lhes a ventura que vos advém de sentar-vos aos pés de Jesus, aprendendo preciosas lições de Sua Palavra. Falai-lhes da alegria, do gozo que existe na vida cristã. Vossas palavras calorosas, cheias de fervor, hão de convencê-los de que encontrastes a pérola de grande preço. Que vossas palavras alegres e animadoras demonstrem que achastes com certeza a estrada melhor. Isto é trabalho missionário genuíno, e em ele sendo feito, muitos acordarão como de um sonho. -- Serviço Cristão, 124 (1909). Ev 486 1 A intercessão dos ganhadores de almas -- o segredo do êxito -- Houve, no passado, pessoas que fixavam o espírito sobre alma após alma, dizendo: "Senhor, ajuda-me a salvar esta alma." Agora, no entanto, tais exemplos são raros. Quantos procedem como se avaliassem o perigo dos pecadores? Quantos tomam aqueles que eles sabem achar-se em perigo, apresentando-os a Deus em oração, e suplicando-Lhe que os salve? -- Obreiros Evangélicos, 65. Lições do mestre dos mestres Ev 486 2 Apresentai a palavra à maneira de Cristo -- Se estiverdes apresentando a Palavra à maneira de Cristo, vosso auditório ficará profundamente impressionado com as verdades que ensinais. Sobrevir-lhes-á a convicção de que essa é a Palavra do Deus vivo. -- Testimonies for the Church 9:143 (1909). Ev 486 3 Paciente amor e interesse nos perdidos -- Ensinava o povo com paciente amor. Sua profunda e perscrutadora sabedoria conhecia as necessidades de cada alma dentre Seus ouvintes; e ao vê-los recusar a mensagem de paz e amor que lhes viera trazer, o coração se Lhe angustiava até o íntimo. -- Obreiros Evangélicos, 49 (1915). Ev 487 1 Mansidão e humildade -- Não havia em Sua maneira de ser nenhum traço de beatice ou de fria austeridade. O Redentor do mundo tinha uma natureza superior à dos anjos, todavia, unidas a Sua divina majestade achavam-se a mansidão e a humildade que atraíam todos a Ele. -- O Maior Discurso de Cristo, 14 (1896). Ev 487 2 A esperança inspira o desejo de fé -- Em cada ser humano Ele divisava infinitas possibilidades. Via os homens como poderiam ser, transfigurados por Sua graça -- "na graça do Senhor nosso Deus". Salmos 90:17. Olhando para eles com esperança inspirava-lhes esperança. Encontrando-os com confiança, inspirava-lhes confiança. Revelando em Si mesmo o verdadeiro ideal do homem, despertava para a consecução deste ideal tanto o desejo como a fé. Em Sua presença as almas desprezadas e caídas compreendiam que ainda eram homens, e anelavam mostrar-se dignas de Seu olhar. Em muitos corações que pareciam mortos para as coisas santas, despertavam-se novos impulsos. A muito desesperançado abriu-se a possibilidade de uma nova vida. -- Educação, 80 (1903). Ev 487 3 Sinceridade e poder convincente -- E, ouvindo homens e mulheres as verdades que Lhe caíam dos lábios, tão diversas das tradições e dogmas ensinados pelos rabis, brotava-lhes no coração a esperança. Havia em Seus ensinos uma sinceridade que fazia com que Suas palavras fossem direto ao alvo, com um poder convincente. -- Obreiros Evangélicos, 188 (1915). Ev 487 4 Irradiava vida e bom ânimo -- Ao passar por vilas e cidades, era como uma corrente vivificadora difundindo vida e alegria. -- A Ciência do Bom Viver, 14 (1915). Ev 488 1 Podemos andar bem dispostos. Deus não quer nenhuma fisionomia triste nesse terreno; não quer ninguém em melancolia e tristeza; quer que levanteis o rosto para Ele e deixeis que nele derrame a luz do Sol da Justiça. -- Manuscrito 42, 1894. Ev 488 2 Cristo ensinava com autoridade -- Se bem que fosse simples o ensino, falava como alguém que tem autoridade. Este característico punha Seu ensino em contraste com o de todos os outros. Os rabis falavam duvidosos e hesitantes, como se as Escrituras pudessem ser interpretadas significando uma coisa ou exatamente o contrário. Os ouvintes eram diariamente possuídos de uma incerteza cada vez maior. Mas Jesus ensinava as Escrituras com indubitável autoridade. Fosse qual fosse o assunto, era apresentado com poder, como se Suas palavras não pudessem sofrer contestação. -- O Desejado de Todas as Nações, 253 (1898). Ev 488 3 Desejo de salvar pecadores -- A mesma intensidade de desejo de salvar pecadores que assinalou a vida do Salvador, assinala a vida de Seu verdadeiro discípulo. -- Testemunhos Selectos 3:342, 343 (1902). Ev 488 4 Força impulsionadora -- A obediência pronta, implícita desses homens, sem promessas de remuneração, parece notável; mas as palavras de Cristo eram um convite que encerrava um poder impelente. -- Obreiros Evangélicos, 24 (1915). Resultado da obra bíblica Ev 488 5 Anjos bem perto do obreiro -- Ao buscar o obreiro comunicar aos outros a luz que Deus lhe deu, o Senhor lhe comunica mais luz; e, fazendo o melhor que lhe é possível, tendo em vista unicamente a glória de Deus, ele dá o justo valor às almas. Ao visitar de casa em casa, abrindo as Escrituras àqueles cujo entendimento se acha obscurecido, os anjos de Deus estarão bem perto, ao seu lado, a fim de impressionar o coração daquele que se acha sedento da água da vida. -- The Review and Herald, 6 de Outubro de 1896. Ev 489 1 O Senhor trabalha com os instrutores bíblicos -- Sejam apresentadas da Palavra de Deus, fortes razões de nossa fé, e a verdade, em seu poder santificador, abra caminho no coração e espírito dos que se acham sob convicção. Enquanto os ajudantes dão estudos bíblicos nos lares do povo, o Senhor opera tão certamente na mente dos ouvintes, como quando em serviços públicos. -- Carta 160, 1901. Ev 489 2 Milagres operados mediante a palavra -- Haverá constantemente uma luta a fim de obter acesso ao coração dos ignorantes e dos ímpios. Buscamos nós isto, porém, individualmente, com tanta diligência e fidelidade como devemos, pelo esforço pessoal? Não nos mantemos nós demasiado afastados das pobres almas mortas em ofensas e pecados? Não podemos, cada um de nós, revestir-nos do intenso fervor de Cristo, e fazermos mais? Ev 489 3 Temo que não haja aquela fé que é essencial. Não nos fortaleceremos contra as decepções, e as tentações para nos desanimarmos? Deus é misericordioso, e tendo a verdade a alegrar, purificar e enobrecer a vida, podemos fazer obra firme e sólida para Deus. A oração e a fé realizarão maravilhas. A Palavra deve ser nossa arma na luta. Podem-se operar milagres mediante a Palavra; pois ela é proveitosa para tudo. -- Carta 75, 1896. Ev 489 4 O valor de uma alma -- A alma que se entregou a Cristo é mais preciosa a Seus olhos do que todo o mundo. -- O Desejado de Todas as Nações, 480 (1898). Ev 489 5 Se não houvesse senão uma alma que aceitasse o evangelho de Sua graça, Cristo teria, para salvar aquela alma, preferido Sua vida de labuta e humilhação, e morte de ignomínia. -- A Ciência do Bom Viver, 135 (1905). Ev 490 1 Vá esta obra avante -- Muitos ouvirão a mensagem, mas se recusarão acatá-la; todavia a advertência deve ser dada a todos em tons claros e positivos. A verdade não deve ser apresentada unicamente em reuniões públicas; importa fazer-se trabalho de casa em casa. Vá essa obra avante em nome do Senhor. Os que nela se empenham têm os anjos como celestes companheiros. Resistirão aos ataques feitos pelo inimigo contra os que estão cooperando com Deus. -- Carta 140, 1903. Ev 490 2 Na confiança das promessas de Deus -- A boa semente pode por algum tempo jazer despercebida num coração frio, egoísta e mundano, sem dar demonstração de haver-se enraizado; porém mais tarde, tocando o Espírito de Deus a alma, a semente oculta brota, e, finalmente, produz frutos para a glória de Deus. Não sabemos durante toda a vida qual prosperará, se esta ou aquela. Isso não é de nossa alçada. Façamos nosso trabalho e deixemos os resultados com Deus. "Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão." Ev 490 3 O grande concerto de Deus declara: "Enquanto a Terra durar, sementeira e sega... não cessarão." Confiante nesta promessa o lavrador ara e semeia. Com não menos confiança devemos labutar na sementeira espiritual, confiantes em sua declaração: "Assim será a palavra que sair da Minha boca; ela não voltará para Mim vazia; antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei." "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo seus molhos." -- Parábolas de Jesus, 65 (1900). Salários adequados para as obreiras Ev 491 1 Serem pagas tão certamente como seus maridos -- Quando for possível, vão o ministro e a esposa juntos. A mulher pode muitas vezes trabalhar ao lado do esposo, efetuando um nobre serviço. Ela pode visitar os lares do povo e ajudar às senhoras nessas famílias por uma maneira que não é possível ao marido. ... Ev 491 2 Escolhei senhoras que desempenhem sua parte diligentemente. O Senhor servir-Se-á de mulheres inteligentes na obra de ensinar. E ninguém pense que essas senhoras que compreendem a Palavra, e que têm aptidão para ensinar, não devam receber remuneração por seu labor. Elas devem ser pagas tão certamente como seus maridos. Grande obra têm as mulheres a efetuar na causa da verdade presente. Pelo exercício do tato feminino e um sábio emprego de seu conhecimento da verdade bíblica, elas podem remover dificuldades que nossos irmãos não podem abordar. Necessitamos de obreiras que trabalhem em ligação com seus maridos, e devemos animar as que desejam ocupar-se neste ramo de esforço missionário. -- Carta 142, 1909. Ev 491 3 O sacrifício não se deve limitar a mulheres fiéis -- Grande é a obra a ser feita no mundo, e todo talento deve ser empregado em harmonia com os retos princípios. Se uma mulher for designada pelo Senhor para fazer determinada obra, seu trabalho deve ser estimado segundo o seu valor. Todo o que trabalha deve receber o que lhe é devido, seja homem, seja mulher. Ev 491 4 Talvez se julgue que é bom permitir que uma pessoa consagre seus talentos e zeloso labor à obra de Deus, ao passo que nada recebe do tesouro. Isto, porém, é fazer acepção, e reter egoisticamente de tais obreiros o que lhes é devido. Deus não sanciona qualquer sistema dessa natureza. Os que inventaram esse método podem ter pensado que estavam servindo a Deus por não retirar do tesouro o pagamento desses obreiros tementes a Deus e cheios de amor pelas almas. Mas haverá afinal um ajuste de contas, e então, os que agora consideram essa extorsão, essa parcialidade no trato, um plano sábio, envergonhar-se-ão de seu egoísmo. Deus vê essas coisas sob aspecto inteiramente diverso daquele em que o consideram homens finitos. Ev 492 1 Os que trabalham diligente e abnegadamente, sejam eles homens ou mulheres, trazem molhos para o Mestre; e as almas convertidas por seus labores trarão seus dízimos ao tesouro. Quando é exigida a abnegação devido a uma escassez de meios, não permitais que umas poucas mulheres dispostas ao trabalho árduo façam todo o sacrifício. Partilhem todos dele. Deus declara: Aborreço o que foi roubado e oferecido em holocausto. -- Manuscrito 47, 1898. Ev 492 2 Serem pagas do dízimo -- O dízimo deve ser para os que trabalham na palavra e na doutrina, sejam eles homens ou mulheres. -- Manuscrito 149, 1899. Ev 492 3 Um procedimento que limitará as obreiras -- Têm-se feito por vezes injustiça a mulheres que trabalham tão dedicadamente como seus maridos, e que são reconhecidas por Deus como necessárias à obra do ministério. O plano de pagar os obreiros homens, e não pagar as suas esposas, as quais partilham de seus labores, não é segundo o mandamento de Deus, e, caso seja seguido em nossas associações, é capaz de desanimar a nossas irmãs de se habilitarem para a obra em que se deviam empenhar. Deus é um Deus de justiça, e se os ministros recebem pagamento por seu labor, as esposas, que se consagram à obra com o mesmo desinteresse devem ser pagas além do salário que os maridos recebem, mesmo que elas não o solicitem. Ev 492 4 Os adventistas do sétimo dia não devem, de forma alguma, amesquinhar a obra da mulher. Se esta entrega seu serviço doméstico nas mãos de uma auxiliar fiel e prudente, e deixa seus filhos em boa guarda ao passo que ela se ocupa na obra, a associação deve ter a sabedoria de compreender a justiça de remunerá-la. -- Obreiros Evangélicos, 452, 453 (1915). Ev 493 1 Deus assentou esta questão -- Se as mulheres fazem o trabalho que não é o mais agradável a muitos dos que trabalham na palavra e na doutrina, e seu trabalho testifica de que estão realizando uma obra que tem sido manifestamente negligenciada, não deve tal labor ser considerado como sendo tão farto em resultados como a obra dos ministros ordenados? Não deve isto ordenar o pagamento dos obreiros? ... Ev 493 2 Esta questão não é para ser assentada pelos homens. O Senhor a assentou. Tendes de cumprir vosso dever para com as mulheres que trabalham no evangelho, cuja obra testifica serem necessárias para levar a verdade às famílias. Sua obra é justamente a que deve ser feita, e cumpre ser estimulada. A muitos respeitos uma mulher pode comunicar a suas irmãs conhecimento que não é possível a um homem comunicar. A obra sofreria grande prejuízo sem essa espécie de labor feito por mulheres. Repetidamente me tem o Senhor mostrado que as instrutoras são tão grandemente necessárias à obra a que Ele as designou, como os homens. -- Manuscrito 142, 1903. Advertências às instrutoras bíblicas Ev 493 3 O trabalho pessoal é mais fatigante -- As mulheres, da mesma maneira que os homens, são necessárias na obra que precisa ser feita. As que se entregam ao serviço do Senhor, que trabalham pela salvação de outros, fazendo o trabalho de casa em casa, o que é tão fatigante como estar perante uma congregação -- e mesmo mais fatigante -- devem receber pagamento por seus labores. -- Manuscrito 149, 1899. Ev 494 1 Evitar excesso de trabalho -- Há perigo de que se exija das mulheres ligadas à obra que trabalhem demasiado arduamente sem os devidos períodos de repouso. Tão rigorosa sobrecarga não deve ser trazida sobre obreiros. Alguns talvez não se prejudiquem, porém outros, que são conscienciosos, hão de por certo trabalhar em excesso. São necessários a todos períodos de repouso, e em especial às mulheres. -- Carta 61, 1896. Ev 494 2 Somos mortais -- Irmão _____, espero que sejais bastante cuidadoso com a saúde da irmã _____. Não lhe permitais trabalhar excessivamente numa fatigante tensão nervosa. Entendereis o que quero dizer. Ela precisa compreender que somos mortais, e que se não formos cuidadosos com a nossa saúde, podemos perdê-la. -- Carta 44, 1900. Ev 494 3 Quando agir independentemente -- Há circunstâncias em que é próprio uma mulher agir pronta e independentemente, procedendo com decisão no caminho que sabe ser do Senhor. A esposa deve estar ao lado do esposo como sua igual, partilhando de todas as responsabilidades da vida, tendo o devido respeito para com aquele que a escolheu para companheira de sua existência. -- Manuscrito 17, 1891. Evitar elogiar os homens e a familiaridade -- Sinto quando vejo os homens serem elogiados, lisonjeados e amimados. Deus revelou que alguns dos que recebem essas atenções são indignos de tomar-Lhe o nome nos lábios; são, todavia, exaltados até ao céu na estima de homens finitos, que só vêem a aparência exterior. Minhas irmãs, nunca amimeis nem lisonjeeis pobres homens falíveis e errantes, sejam eles jovens ou idosos, casados ou solteiros. Não lhes conheceis as fraquezas, e não sabeis se essas próprias atenções e esse profuso louvor não se podem demonstrar a sua ruína. Sinto-me Ev 494 4 alarmada ante a curteza de visão, a falta de sabedoria que muitos manifestam quanto a essa familiaridade. ... Ev 495 1 Os homens casados que recebem as atenções, os elogios e mimos das mulheres, devem estar certos de que o amor e a simpatia dessa espécie não são dignos de ser alcançados; são destituídos de valor. Ev 495 2 Mais uma vez insisto convosco quanto à necessidade de pureza em todo pensamento, toda palavra e ação. Temos uma responsabilidade individual para com Deus, e uma obra individual que ninguém pode fazer por nós. É fazer o mundo melhor por preceito, pelo esforço pessoal e o exemplo. Ao passo que devemos cultivar a sociabilidade, não se faça isto por mero divertimento, mas com um desígnio. Há almas por salvar. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885. ------------------------Capítulo 15 -- Evangelismo do canto Ministério do canto Ev 496 1 Uma instrumentalidade no ganhar almas -- A melodia do canto, derramando-se dos corações num tom de voz claro e distinto, representa um dos instrumentos divinos na conversão de almas. -- Testemunhos Selectos 2:195 (1889). Ev 496 2 O poder do canto -- Assim como os filhos de Israel, jornadeando pelo deserto, suavizavam pela música de cânticos sagrados a sua viagem, Deus ordena a Seus filhos hoje que alegrem a sua vida peregrina. Poucos meios há mais eficientes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cântico. E tal cântico tem maravilhoso poder. Tem poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para suscitar pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço. Ev 496 3 É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes à alma oprimida duramente e pronta a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de Deus -- as de um estribilho, há muito esquecido, de um hino da infância -- e as tentações perdem o seu poder, a vida assume nova significação e novo propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras almas! -- Educação, 167 (1903). Ev 496 4 Um sermão contínuo -- Estas palavras [cântico de Moisés] foram repetidas a todo o Israel, e formaram um cântico que era freqüentemente cantado, derramado em sublimes acentos de melodia. Isto foi a sabedoria de Moisés, apresentar-lhes a verdade em cântico para que, em acentos melodiosos, eles se familiarizassem com ela, e ficasse gravada na mente de toda a nação, velhos e moços. Era importante as crianças aprenderem o canto; pois isto lhes falaria para advertir, restringir, reprovar e animar. Era um sermão contínuo. -- Manuscrito 71, 1897. Ev 497 1 Vasta influência -- O serviço do cântico tornou-se uma parte regular do culto religioso; e Davi compôs salmos, não somente para o uso dos sacerdotes no serviço do santuário, mas também para serem cantados pelo povo em suas jornadas ao altar nacional nas festas anuais. A influência assim exercida era de grande alcance, e teve como resultado libertar da idolatria a nação. Muitos dos povos circunvizinhos, vendo a prosperidade de Israel, eram levados a pensar favoravelmente acerca do Deus de Israel, que havia feito tão grandes coisas por Seu povo. -- Patriarcas e Profetas, 711 (1890). Ev 497 2 Atrair à verdade -- Algumas noites atrás, meu espírito ficou perturbado, pensando o que poderíamos fazer para levar a verdade ao povo nessas grandes cidades. Estamos certos de que, se tão-somente ouvissem a mensagem, alguns receberiam a verdade, comunicando-a por sua vez a outros. Ev 497 3 Os ministros advertem sua congregação, dizendo ser perigosa a doutrina apresentada, e que se eles forem ouvir, serão enganados e iludidos por essa estranha doutrina. Os preconceitos seriam removidos se nos fosse possível atrair o povo a ouvir. Estamos orando sobre este assunto, e cremos que o Senhor providenciará um lugar para as mensagens de advertência e instrução chegarem ao povo nestes últimos dias. Ev 497 4 Uma noite parecia-me estar em uma reunião de conselho, onde se discutiam os assuntos. E um homem muito sério e cheio de dignidade, disse: "Estais orando para que o Senhor suscite homens e mulheres de talento que se dediquem à obra. Tendes em vosso meio talentos que precisam ser reconhecidos." Fizeram-se várias propostas sábias, e depois foram, em substância, ditas palavras como eu as escrevo. Ele disse: "Chamo vossa atenção para o talento do canto, que deve ser cultivado; pois a voz humana no canto é um dos talentos dados por Deus para ser empregado para Sua glória. O inimigo da justiça faz muito caso desse talento em seu serviço. E aquilo que é um dom de Deus, para ser uma bênção às almas, é pervertido, mal aplicado, e serve ao desígnio de Satanás. Este talento da voz é uma bênção, uma vez que seja consagrado ao Senhor para servir em Sua causa. _____ tem talento, mas não é apreciado. Sua posição deve ser considerada e seu talento atrairá o povo, e eles ouvirão a mensagem da verdade." -- Carta 62, 1893. Ev 498 1 Um elo de ligação com Deus -- Deve haver uma viva ligação com Deus em oração, uma viva ligação com Deus em cânticos de louvor e ações de graças. -- Carta 96, 1898. Ev 498 2 Resistir ao inimigo -- Quando Cristo era criança como estas aqui, era tentado a pecar, porém não cedia à tentação. Ao ter mais idade, era tentado, mas os cânticos que Sua mãe Lhe ensinara vinham-Lhe à mente, e Ele erguia a voz em louvor. E antes de os companheiros se aperceberem, estavam cantando com Ele. Deus quer que nos sirvamos de toda facilidade que o Céu tem providenciado para resistir ao inimigo. -- Manuscrito 65, 1901. Ev 498 3 Levar a alegria celeste -- O alvorecer encontrava-O muitas vezes em algum lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou em oração. Com cânticos saudava a luz matinal. Com hinos de gratidão alegrava Suas horas de labor, e levava a alegria celeste ao cansado e ao abatido. -- A Ciência do Bom Viver, 52 (1905). Ev 499 1 O canto de louvor -- Exprimia freqüentemente o contentamento que Lhe ia no coração, cantando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes ouviam os moradores de Nazaré Sua voz erguer-se em louvor e ações de graças a Deus. Entretinha em cânticos comunhão com o Céu; e quando os companheiros se queixavam da fadiga do trabalho, eram animados pela doce melodia de Seus lábios. Dir-se-ia que Seu louvor banisse os anjos maus, e, como incenso, enchesse de fragrância o lugar em que Se achava. O espírito dos ouvintes era afastado de seu terreno exílio, para o lar celestial. -- O Desejado de Todas as Nações, 73. Ev 499 2 Uma arma contra o desânimo -- Caso houvesse muito mais louvor ao Senhor, e muito menos repetição de desânimos, muito mais vitórias seriam obtidas. -- Carta 53, 1896. Ev 499 3 Que o louvor e ações de graças sejam expressos em cânticos. Quando tentados, em lugar de dar expressão a nossos sentimentos, ergamos pela fé um hino de graças a Deus. Ev 499 4 O canto é uma arma que podemos empregar sempre contra o desânimo. Ao abrirmos assim o coração à luz da presença do Salvador, teremos saúde e Sua bênção. -- A Ciência do Bom Viver, 254 (1905). Ev 499 5 Conservar a experiência cristã -- À noitinha e pela manhã uni-vos aos vossos filhos no culto de Deus, lendo Sua Palavra e cantando Seu louvor. Ensinai-os a repetir a lei de Deus. Os israelitas eram ensinados acerca dos mandamentos: "E as intimarás [as palavras] aos teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te." Conseguintemente, Moisés dirigiu os israelitas a porem as palavras da lei em música. Enquanto os filhos mais velhos tocavam instrumentos, os mais novos marchavam cantando em concerto o canto dos mandamentos de Deus. Em anos posteriores eles conservavam na memória as palavras da lei que haviam aprendido durante a infância. Ev 500 1 Se era essencial que Moisés incorporasse os mandamentos em canto sagrado, de modo que, enquanto caminhavam pelo deserto, os filhos aprendessem a cantar a lei verso por verso, quão essencial é, no tempo atual, ensinar a nossos filhos a Palavra de Deus! Vamos nós em socorro do Senhor, instruindo nossos filhos a observarem os mandamentos ao pé da letra. Façamos tudo quanto nos é possível para fazer música em nosso lar, para que Deus possa aí entrar. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1904. Ev 500 2 Todo o céu ecoa a nota da alegria -- Precisamos ter em mente a grande alegria manifestada pelo Pastor ao reaver a [ovelha] perdida. Convoca os seus amigos: "Regozijai-vos comigo, porque já achei a Minha ovelha perdida." E o Céu inteiro ecoa a nota da alegria. O próprio Pai, com cânticos, regozija-Se pela salva. Que santo êxtase de júbilo é expresso nesta parábola! E dessa alegria tendes o privilégio de partilhar. -- Testemunhos Selectos 2:408 (1900). A música no evangelismo Ev 500 3 Para gravar a verdade espiritual -- O canto é um dos meios mais eficazes para gravar a verdade espiritual no coração. Muitas vezes se têm descerrado pelas palavras do canto sagrado, as fontes do arrependimento e da fé. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. Ev 500 4 Instrumentos de música -- Seja o talento do canto introduzido na obra. O emprego de instrumentos de música não é absolutamente objetável. Eles eram usados nos serviços religiosos dos tempos antigos. Os adoradores louvavam a Deus com a harpa e o címbalo, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Isto acrescerá o interesse. -- Carta 132, 1898. Ev 501 1 Um serviço de canto não é um concerto -- O que me foi apresentado é que, se o Pastor _____ desse ouvidos ao conselho de seus irmãos, e não corresse da maneira por que o faz no esforço de obter grandes congregações, exerceria mais influência para o bem, e sua obra teria efeito mais benéfico. Ele deve cortar de suas reuniões tudo quanto tenha semelhança com exibições teatrais; pois tais aparências exteriores não dão nenhuma força à mensagem que ele anuncia. Quando o Senhor puder cooperar com ele, sua obra não precisará ser feita de modo tão dispendioso. Ele não necessitará então fazer tantas despesas em anúncios de suas reuniões. Não porá tanta confiança no programa musical. Esta parte de seu serviço é realizada mais à maneira de um concerto teatral, do que de um serviço de canto em uma reunião religiosa. -- Carta 49, 1902. Ev 501 2 Anelando a palavra -- O coração de muitos no mundo, da mesma maneira que o de muitos membros da igreja, está faminto do pão da vida e sedento das águas da salvação. Acham-se interessados no serviço de canto, mas não estão anelando isso, nem mesmo a oração. Querem conhecer as Escrituras. Que me diz a Palavra de Deus? O Espírito Santo está operando na mente e no coração, atraindo-os ao pão da vida. Vêem tudo se mudando em torno deles. Os sentimentos humanos, as idéias do que constitui a religião, tudo muda. Eles vão para ouvir a Palavra tal como é. -- Manuscrito 11, 1899. Ev 502 1 O tema de todo canto -- A ciência da salvação deve ser o âmago de todo sermão, o tema de todo canto. Seja essa ciência vazada em toda súplica. -- Manuscrito 107, 1898. Ev 502 2 Evitai o emocionalismo -- Outros ainda vão ao extremo oposto, pondo mais força nas emoções religiosas, e manifestando intenso zelo nas ocasiões especiais. Sua religião parece ser mais da natureza de um estimulante do que uma permanente fé em Cristo. Ev 502 3 Os verdadeiros ministros conhecem o valor da obra interior do Espírito Santo sobre o coração humano. Satisfazem-se com a simplicidade nos serviços religiosos. Em vez de dar valor ao canto popular, volvem sua atenção principalmente para o estudo da Palavra, e dão de coração louvor a Deus. Acima do adorno exterior, consideram o interior, o ornamento de um espírito manso e quieto. Na sua boca não se acha engano. -- Manuscrito 21, 1891. Ev 502 4 O ministério do canto no lar -- Alunos, ide aos caminhos e valados. Esforçai-vos por alcançar as classes elevadas assim como as mais humildes. Entrai no lar do rico e do pobre e, à medida que tiverdes oportunidade, perguntai: "Gostaríeis de que cantássemos? Teríamos prazer em cantar alguns hinos para ouvirdes." Depois, ao estarem os corações abrandados, talvez se abra o caminho para fazerdes uma breve oração pedindo a bênção de Deus. Não haverá muitas pessoas que o recusem. -- The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. Ev 502 5 No ministério de casa em casa -- Aprendei a cantar os hinos mais simples. Estes vos ajudarão no trabalho de casa em casa, e corações serão tocados pela influência do Espírito Santo. .. Aprendemos na Palavra que há alegria entre os anjos por causa de um pecador que se arrepende, e que o próprio Senhor Se regozija por causa de Sua igreja, com cânticos. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. Ev 503 1 Pedir decisões por meio do canto -- A noite passada, em sonhos, eu estava falando a um grupo de rapazes. Pedia-lhes que cantassem "Quase Induzido". Algumas pessoas presentes ficaram profundamente comovidas. Eu sabia que elas estavam quase induzidas, mas que se não fizessem decididos esforços para se volverem a Cristo, desapareceria delas a convicção de sua pecaminosidade. Fizestes algumas confissões, e eu vos perguntei: "Não quereis de agora em diante colocar-vos ao lado de Cristo?" Se receberdes a Jesus, Ele vos receberá. -- Carta 137, 1904. Ev 503 2 Experiência com um serviço de canto nos vagões -- Tivemos no sábado um serviço de canto. O irmão Lawrence, que é musicista, dirigiu o canto. Todos os passageiros no vagão pareciam deleitar-se grandemente com essa prática, e muitos deles se uniram ao canto. Ev 503 3 No domingo tivemos outro serviço de canto, depois do qual o Pastor Corliss fez breve palestra tomando como texto as palavras: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." Os passageiros escutaram atentamente, parecendo gostar do que foi dito. Na segunda tivemos mais canto, e todos nós parecíamos estar sendo mais unidos. -- Carta 135, 1905. Ev 503 4 A música na nova terra -- Aqueles que, a despeito de tudo mais, se põem nas mãos de Deus, para ser e fazer tudo quanto Ele queira que façam, verão o Rei em Sua formosura. Verão Seus incomparáveis encantos e, tocando suas harpas de ouro, encherão todo o Céu com preciosa música e com os cantos do Cordeiro. Ev 503 5 Alegro-me de ouvir os instrumentos de música que tendes aqui. Deus quer que os tenhamos. Quer que O louvemos, de alma e coração e com a nossa voz, engrandecendo Seu nome perante o mundo. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1905. O evangelista cantor Ev 504 1 O preparo para o evangelismo do canto -- Deve haver muito mais interesse na cultura da voz do que é agora em geral manifestado. Os alunos que têm aprendido a cantar os suaves hinos do evangelho com melodia e clareza, podem fazer muito bem como cantores-evangelistas. Eles encontrarão muito ensejo de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e claridade a muito lugar solitário entenebrecido pelo pecado, dor e aflição, cantando para aqueles que raramente têm os privilégios da igreja. -- The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. Ev 504 2 Um poder para ganhar almas -- Há muita emoção e música na voz humana, e se o aluno fizer decididos esforços, adquirirá hábitos de falar e cantar que lhes serão uma força no ganhar almas para Cristo. -- Manuscrito 22, 1886. Ev 504 3 Anunciar uma mensagem especial em canto -- Há pessoas que têm especial dom para cantar, e ocasiões há em que uma mensagem especial é anunciada por um solo ou por um canto feito por vários. Mas raramente deve o canto ser feito por uns poucos. A aptidão de cantar é um talento que exerce influência, a qual Deus deseja que todos cultivem e empreguem para glória de Seu nome. -- Testimonies for the Church 7:115, 116 (1902). Ev 504 4 Entonações claras -- dicção distinta -- Palavra alguma pode exprimir devidamente a profunda bênção do verdadeiro culto. Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais tomam o tom e unem-se ao cântico de ações de graças. Aquele que nos outorgou todos os dons que nos habilitam a ser cooperadores de Deus, espera que Seus servos cultivem a voz, de modo a poderem falar e cantar de maneira que todos entendam. Não é o canto alto que é necessário, porém entonações claras, a pronúncia correta, a dicção distinta. Tomem todos tempo para cultivar a voz, de maneira que o louvor de Deus seja entoado em tons claros, suaves, sem asperezas e estridências que ofendam ao ouvido. A aptidão de cantar é dom de Deus; seja ele usado para glória Sua. -- Testimonies for the Church 9:143, 144 (1909). Ev 505 1 Fatores na eficácia da música -- A música pode ser um grande poder para o bem; contudo não tiramos o máximo proveito desta parte do culto. O cântico é geralmente originado do impulso ou para atender casos especiais, e em outras vezes os que cantam o fazem mal, e a música perde o devido efeito sobre a mente dos presentes. A música deve possuir beleza, poder e faculdade de comover. Ergam-se as vozes em cânticos de louvor e adoração. Que haja auxílio, se possível, de instrumentos musicais, e a gloriosa harmonia suba a Deus em oferta aceitável. Ev 505 2 Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e mantê-los em forma ordeira, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com deliberações, e são impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus se requerem planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor. -- Gospel Workers, 325 (1892). Ev 505 3 O diretor do canto celestial -- Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro. ... Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus, irradiando glória indizível. -- Testemunhos Selectos 1:45 (1857). Ev 506 1 Um bem dirigido programa de canto -- Um ministro não deve designar hinos para serem cantados, enquanto não estiver certificado de que os mesmos são familiares aos que cantam. Uma pessoa capaz deve ser indicada para dirigir esse serviço, sendo seu dever verificar que se escolham hinos que possam ser entoados com o espírito e com o entendimento também. Ev 506 2 O canto é uma parte do culto de Deus, porém na maneira estropiada por que é muitas vezes conduzido, não é nenhum crédito para a verdade, nenhuma honra para Deus. Deve haver sistema e ordem nisto, da mesma maneira que em qualquer outra parte da obra do Senhor. Organizai um grupo dos melhores cantores, cuja voz possa guiar a congregação, e depois todos quantos queiram se unam com eles. Os que cantam devem esforçar-se para cantar em harmonia; devem dedicar algum tempo a ensaiar, de modo a empregarem esse talento para glória de Deus. Ev 506 3 Não se deve deixar, porém, que o canto distraia a mente das horas de devoção. Se alguma coisa deve ser negligenciada, seja então o canto. -- The Review and Herald, 24 de Julho de 1883. Ev 506 4 A atratividade da voz humana -- A voz humana que entoa a música de Deus vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas. -- Carta 2c, 1892. Ev 507 1 Advertências -- Fui dirigida a alguns de vossos ensaios, e fui levada a ler os sentimentos que existiam no grupo, sendo vós a pessoa preeminente. Havia mesquinhos ciúmes e invejas, ruins suspeitas e maledicências. ... O culto de coração é o que Deus requer; as formas e o culto de lábios são como o metal que soa e o címbalo que tine. Vosso canto visa a exibição, não louvar a Deus com o espírito e o entendimento. O estado do coração revela a qualidade da religião do que professa piedade. -- Carta 1a, 1890. Pôr ênfase no canto pela congregação Ev 507 2 Coro e canto congregacional -- Nas reuniões realizadas, escolham-se alguns para tomar parte no serviço de canto. E seja este acompanhado de instrumentos de música habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso da música instrumental em nossa obra. Esta parte do serviço deve ser cuidadosamente dirigida; pois é o louvor de Deus em canto. Ev 507 3 O canto não deve ser sempre feito por uns poucos. O mais freqüentemente possível, una-se toda a congregação. -- Testimonies for the Church 9:144 (1909). Ev 507 4 O serviço de canto -- O canto não deve ser feito apenas por uns poucos. Todos os presentes devem ser estimulados a tomar parte no serviço de canto. -- Carta 157, 1902. Ev 507 5 Aproximar-se da harmonia do coro celeste -- A música forma uma parte do culto de Deus nas cortes do alto. Devemos esforçar-nos em nossos cânticos de louvor, por aproximar-nos o máximo possível da harmonia dos coros celestes. Tenho ficado muitas vezes penalizada ao ouvir vozes não educadas, elevadas ao máximo diapasão, guinchando positivamente as palavras sagradas de algum hino de louvor. Quão impróprias essas vozes agudas, estridentes, para o solene e jubiloso culto de Deus! Desejo tapar os ouvidos, ou fugir do lugar, e regozijo-me ao findar o penoso exercício. Ev 508 1 Os que fazem do canto uma parte do culto divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres, e todavia solenes. A voz pode e deve ser modulada, suavizada e dominada. -- The Signs of the Times, 22 de Junho de 1882. Ev 508 2 De coração e entendimento -- Vi que todos devem cantar com o espírito e com o entendimento também. Deus não Se agrada de algaravia e dissonância. O correto é sempre mais agradável a Ele que o errado. E quanto mais perto o povo de Deus se puder aproximar do canto correto, harmonioso, tanto mais é Ele glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos favoravelmente impressionados. -- Testimonies for the Church 1:146 (1857). Ev 508 3 Sem espírito nem entendimento -- Muitos cantam belos hinos nas reuniões, hinos do que eles querem fazer, e pretendem fazer; mas alguns não fazem estas coisas; não cantam com o espírito e o entendimento também. Assim, na leitura da Palavra de Deus, alguns não são beneficiados porque não a põem em sua própria vida, não a praticam. -- The Review and Herald, 27 de Setembro de 1892. Os membros do corpo musical Ev 508 4 Aqueles cujo coração está no esforço -- Em seus esforços para alcançar o povo, os mensageiros do Senhor não devem seguir as maneiras do mundo. Nas reuniões realizadas, não devem depender de cantores do mundo nem de exibições teatrais para despertar o interesse. Como se pode esperar que aqueles que não têm nenhum interesse na Palavra de Deus, que nunca leram Sua Palavra com sincero desejo de lhe compreender as verdades, cantem com o espírito e entendimento? Como pode seu coração estar em harmonia com as palavras do canto sagrado? Como se pode o coro celeste unir a uma música, que é meramente uma forma? -- Testimonies for the Church 9:143 (1909). Ev 509 1 Apenas canto suave e simples -- Como pode Deus ser glorificado quando confiais para o vosso canto em um coro mundano que canta por dinheiro? Meu irmão, quando virdes essas coisas em seu verdadeiro aspecto, só tereis em vossas reuniões apenas o canto suave e simples, e pedireis a toda a congregação que se una a esse canto. Que importa, se entre os presentes há alguns cuja voz não é tão melodiosa como a de outros! Quando o canto é de molde a que os anjos se possam unir com os cantores, pode-se causar no espírito uma impressão que o canto de lábios não santificados não pode produzir. -- Carta 190, 1902. Ev 509 2 Músicos mundanos -- Não contrateis músicos mundanos, se é possível evitá-lo. Reuni cantores que cantem com o espírito e com o entendimento também. A exibição extraordinária que por vezes fazeis, pode acarretar desnecessária despesa, que os irmãos não devem ser solicitados a satisfazer; e verificareis que, depois de algum tempo, os descrentes não quererão dar dinheiro para atender a estes gastos. -- Carta 51, 1902. Ev 509 3 Aceitar auxílio musical oferecido -- Não se deve negligenciar o canto nas reuniões realizadas. Deus pode ser glorificado por esta parte do culto. E quando cantores oferecem seus préstimos, devem ser aceitos. Dinheiro, porém, não deve ser usado para contratar cantores. Muitas vezes o canto de hinos simples pela congregação tem um encanto não possuído pelo canto de um coro, por mais hábil que seja. -- Carta 49, 1902. Ev 510 1 Música que ofende a Deus -- Exibição não é religião nem santificação. Coisa alguma há, mais ofensiva aos olhos de Deus, do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, não estão fazendo em seu coração melodia para o Senhor. A mais aprazível oferta aos olhos de Deus, é um coração humilhado pela abnegação, pelo tomar a cruz e seguir a Jesus. Ev 510 2 Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos. É preciso íntimo esquadrinhar do coração. Necessitamos, com lágrimas e confissão partida de um coração quebrantado, aproximar-nos mais de Deus; e Ele Se aproximará de nós. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1899. Ev 510 3 Deus glorificado -- Deus é glorificado por hinos de louvor vindos de um coração puro, cheio de amor e devoção para com Ele. -- Testimonies for the Church 1:50 (1867). Admoestações oportunas Ev 510 4 As qualidades da boa música -- Pode-se fazer grande aperfeiçoamento no canto. Pensam alguns que, quanto mais alto cantarem, tanto mais música fazem; barulho, porém, não é música. O bom canto é como a música dos pássaros -- dominado e melodioso. Ev 510 5 Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos que eram de todo inadequados ao culto da casa do Senhor. As notas longamente puxadas e os sons peculiares, comuns no canto de óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Os cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso, eis os que eles se unem a nós em cantar. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento. -- Manuscrito 91, 1903. Ev 511 1 A devida proporção de tempo concedida ao canto -- Pode-se melhorar nossa maneira de dirigir reuniões campais, de modo que todos os que a elas assistirem recebam trabalho mais direto. Realizam-se algumas reuniões sociais na tenda grande, onde todos se reúnem para o culto; mas essas são tão grandes, que apenas um pequeno número pode tomar parte, e muitos falam tão baixo que apenas poucos os ouvem. ... Em alguns casos muito tempo se dedicou ao canto. Cantou-se um longo hino antes da oração, e outro longo hino após a oração, e muito canto intercalado através de toda a reunião. Assim, momentos foram empregados imprudentemente, e não se conseguiu metade do bem que se poderia ter alcançado, se esses preciosos períodos houvessem sido dirigidos devidamente. -- The Review and Herald, 27 de Novembro de 1883. Ev 511 2 Cerimônia e ostentação -- A forma e a cerimônia não constituem o reino de Deus. As cerimônias tornam-se numerosas e extravagantes, quando se perdem os princípios vitais do reino de Deus. Mas não é forma e cerimônia o que Cristo requer. Ele almeja receber de Sua vinha frutos de santificação e altruísmo, atos de bondade, misericórdia e verdade. Ev 511 3 Aparelhamento faustoso, ótimo canto e música instrumental na igreja não convidam o coro angélico a cantar também. À vista de Deus estas coisas são como os galhos da figueira infrutífera, que só mostrava folhas pretensiosas. Cristo espera fruto, princípios de bondade, simpatia e amor. Estes são os princípios do Céu, e quando se revelam na vida de seres humanos, podemos saber que Cristo, a esperança da glória, está formado em nós. Pode uma congregação ser a mais pobre da Terra, sem música nem ostentação exterior, mas se ela possuir esses princípios, os membros poderão cantar, pois o gozo de Cristo está em sua alma, e esse canto podem eles dedicar como oferenda a Deus. -- Manuscrito 123, 1899. Ev 512 1 Música aceitável a Deus -- As superfluidades que se introduziram no culto em _____, têm de ser vigorosamente evitadas. ... A música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado, e enternecido e santificado por sua docilidade. Muitos, porém, que se deleitam na música não sabem coisa alguma sobre produzir melodia ao Senhor, em seu coração. Este foi "após seus ídolos". -- Carta 198, 1899. Ev 512 2 Abuso da música -- Quando os professos cristãos alcançarem a alta norma que é seu privilégio alcançar, a simplicidade de Cristo será mantida em todo o seu culto. As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja. No entanto, estas coisas tomaram o lugar que deveria ser dado a Deus, tal como se deu no culto dos judeus. Ev 512 3 O Senhor revelou-me que, se o coração está limpo e santificado, e os membros da igreja são participantes da natureza divina, sairá da igreja que crê a verdade um poder que produzirá melodia no coração. Os homens e as mulheres não confiarão então em sua música instrumental, mas no poder e graça de Deus, que proporcionará plenitude de gozo. Há uma obra a fazer: remover o cisco que se tem trazido para dentro da igreja. ... Ev 512 4 Esta mensagem não se dirige apenas à igreja de _____, mas a todas as igrejas que lhe seguiram o exemplo. -- Manuscrito 157, 1899. ------------------------Capítulo 16 -- Evangelismo médico Uma cunha de entrada Ev 513 1 Abrir portas ao evangelismo -- Coisa alguma abrirá portas à verdade como a obra missionária médico-evangelista. Esta achará acesso aos corações e espíritos, e será um meio de converter muitos à verdade. Ev 513 2 Ao evangelista preparado para ministrar a um corpo doente, oferece-se a máxima oportunidade para ministrar à alma enferma de pecado. Tal evangelista deve estar revestido de poder para batizar os que se convertem e desejam o batismo. ... A obra médico-missionária é a mão direita, a mão auxiliadora do evangelho, para abrir as portas à proclamação da mensagem. ... Ev 513 3 Portas que foram fechadas para aquele que simplesmente prega o evangelho, abrir-se-ão ao inteligente missionário médico. Deus alcança os corações por meio do alívio ao sofrimento físico. -- Manuscrito 58, 1901. Ev 513 4 A grande cunha de entrada -- Na providência do Senhor posso ver que a obra médico-missionária deve ser uma grande cunha de penetração por meio da qual a alma enferma pode ser alcançada. -- Conselhos Sobre Saúde, 535 (1893). Ev 513 5 Remove preconceitos -- A obra médico-missionária é a obra pioneira do evangelho, a porta através da qual deve a verdade para este tempo encontrar entrada em muitos lares. ... A demonstração dos princípios da reforma de saúde muito fará no sentido de afastar o preconceito contra nossa obra evangélica. O Grande Médico, o originador da obra médico-missionária, abençoará a todos os que assim se esforçarem para comunicar a verdade para este tempo. -- Idem, 497 (1902). Ev 514 1 Dá acesso aos corações -- Fazei obra médico-missionária. Assim ganhareis acesso ao coração do povo. Preparar-se-á o caminho para mais decidida proclamação da verdade. Verificareis que o aliviar-lhes os sofrimentos físicos proporciona ensejo de ministrar-lhes às necessidades espirituais. ... A união da obra semelhante à de Cristo em favor do corpo, e da obra semelhante à de Cristo em benefício da alma, é a verdadeira interpretação do evangelho. -- An Appeal for the Medical Missionary College, 14, 15 (1902). Ev 514 2 Discursos reformatórios -- Fui informada por meu Guia de que os que crêem na verdade, não somente devem observar a reforma de saúde, mas também ensiná-la diligentemente a outros; pois será um instrumento pelo qual a verdade pode ser apresentada à atenção dos não-crentes. Eles raciocinarão que, se temos idéias tão sãs relativamente à saúde e à temperança, deve haver em nossa crença religiosa alguma coisa digna de investigação. Se apostatarmos na reforma de saúde, perderemos muito de nossa influência para com o mundo lá fora. Ev 514 3 Os discursos pregados em nossas grandes reuniões, devem ser de caráter reformatório. Empregue-se todo talento possível em expor isto ao povo. Ev 514 4 Muitos se acham aborrecidos com o árido formalismo existente no mundo cristão. Muitos se estão tornando descrentes porque vêem a falta de genuína piedade nos que professam o cristianismo. Boa obra poderia ser feita a fim de preparar o caminho para a introdução da verdade, uma vez que se dessem decididos testemunhos quanto ao ramo de saúde e temperança da obra. ... Ev 515 1 A questão de apresentar princípios verdadeiros de saúde e temperança não deve ser passada por alto como coisa não essencial; pois quase toda família necessita ser instruída a esse respeito. Quase toda pessoa precisa ter a consciência despertada para tornar-se obradora da Palavra de Deus, praticar a abnegação, e abster-se da ilegal condescendência com o apetite. Quando esclareceis o povo acerca dos princípios da reforma de saúde, dais um grande passo para a introdução da verdade presente. Disse meu Guia: "Educai, educai, educai." O espírito deve ser esclarecido pois o entendimento do povo está obscurecido. Satanás pode achar acesso à alma por meio de um apetite pervertido, a fim de degradá-la e destruí-la. -- Carta 1, 1875. Ev 515 2 Firmemente ligado com o ministério da palavra -- Os princípios da reforma de saúde encontram-se na Palavra de Deus. O evangelho da saúde deve estar firmemente associado com o ministério da Palavra. É desígnio do Senhor que a influência restauradora da reforma de saúde seja parte do último grande esforço para proclamar a mensagem do evangelho. -- Medicina e Salvação, 259 (1899). Ev 515 3 Em muitos lugares -- Como um meio de vencer preconceitos e conseguir acesso às mentes, a obra médico-missionária precisa ser feita, não em um ou dois lugares apenas, mas em muitos lugares onde a verdade ainda não foi proclamada. Cumpre-nos trabalhar como médicos-missionários evangélicos para curar as almas enfermas de pecado, dando-lhes a mensagem de salvação. Esta obra derribará preconceitos como nenhuma outra coisa o pode fazer. -- Testimonies for the Church 9:211 (1909). Ev 515 4 Necessária ao progresso da causa -- A obra médico-missionária é o braço direito do evangelho. É necessária ao progresso da causa de Deus. À medida que, por ela, homens e mulheres são levados a ver a importância de corretos hábitos de vida, o poder salvador da verdade será tornado conhecido. Toda cidade deve ser penetrada por obreiros preparados para fazer obra médico-missionária. Como o braço direito da terceira mensagem angélica, os métodos de Deus para tratamento da doença abrirão portas para a entrada da verdade presente. -- Testimonies for the Church 7:59 (1902). Ev 516 1 Ela abre portas -- Em toda parte podem-se encontrar os enfermos, e os que vão como obreiros de Cristo devem ser verdadeiros reformadores de saúde, preparados para dar aos que estão enfermos os tratamentos simples que os aliviarão, e então orar com eles. Assim eles abrirão a porta de entrada para a verdade. A prática deste trabalho será seguida de bons resultados. -- Medicina e Salvação, 320 (1911). O verdadeiro objetivo do evangelismo médico Ev 516 2 Traz preciosa messe -- A obra médico-missionária oferece ensejo de promover bem-sucedida obra evangélica. É na proporção em que estes ramos de serviço se acham unidos, que podemos esperar colher o mais precioso fruto para o Senhor. -- The Review and Herald, 7 de Setembro de 1905. Ev 516 3 Confortar, curar e aliviar -- Cristo procurava o povo onde este se encontrava, e apresentava-lhes as grandes verdades relativas a Seu reino. Enquanto ia de um lugar para outro, beneficiava e confortava os sofredores, e curava os doentes. Tal é a obra que nos cabe. Deus quer que socorramos as necessidades dos desamparados. -- Carta 54, 1898. Ev 516 4 O modelo de Isaías 58 -- O capítulo cinqüenta e oito de Isaías encerra verdade presente para o povo de Deus. Vemos aí como a obra médico-missionária e o ministério evangélico devem estar ligados à medida que a mensagem é dada ao mundo. Sobre os que guardam o sábado do Senhor é colocada a responsabilidade de efetuar uma obra de misericórdia e beneficência. A obra médico-missionária tem de estar ligada com a mensagem, e selada com o selo de Deus. -- Manuscrito 22, 1901. Ev 517 1 Os corações são abrandados -- O mundo precisa ter um antídoto para o pecado. À medida que a obra médico-missionária opera inteligentemente para aliviar o sofrimento e salvar a vida, abrandam-se os corações. Os que recebem auxílio enchem-se de gratidão. Ev 517 2 Ao operar a obra médico-missionária no corpo, Deus opera no coração. As confortadoras palavras proferidas são bálsamo suavizante, comunicando certeza e confiança. Muitas vezes terá o hábil operador oportunidade de falar sobre a obra realizada por Cristo enquanto estava aqui na Terra. Contai ao sofredor a história do amor de Deus. -- Manuscrito 58, 1901. Ev 517 3 Restaurar a fé em Deus e no homem -- Muitos há que perderam o senso das realidades eternas, perderam a semelhança de Deus, e mal sabem se possuem uma alma a salvar, ou não. Não têm fé em Deus nem confiança no homem. Ao verem uma pessoa, sem estímulo de louvor ou recompensa terrenos, entrar em seu mísero lar, atender aos doentes, alimentar o faminto, vestir o nu e encaminhar ternamente todos Àquele de cujo amor e piedade o obreiro humano não é senão um mensageiro -- ao verem isto, seu coração é tocado. Brota o reconhecimento. Ateia-se a fé. Vêem que Deus cuida deles, e acham-se preparados para escutar quando Lhe abrem a palavra. Ev 517 4 À medida que os filhos de Deus se consagram a essa obra, muitos se apoderarão da mão que se estende para salvá-los. Sentem-se constrangidos a desviar-se de seus maus caminhos. Alguns dos salvos podem, mediante a fé em Cristo, erguer-se a elevadas posições no serviço, e podem ser-lhes confiadas responsabilidades na obra de salvar almas. Conhecem por experiência as necessidades daqueles por quem trabalham; e sabem como lhes é possível ajudá-los; sabem quais os meios que melhor servirão para reaver os perdidos. Acham-se possuídos de gratidão para com Deus pelas bênçãos recebidas; seu coração é avivado pelo amor, e suas energias revigoradas para erguerem outros que nunca se poderão levantar a menos que recebam auxílio. -- The Review and Herald, 3 de Agosto de 1905. Ev 518 1 A verdadeira ciência da obra médico-missionária -- O estudo da cirurgia e outras ciências médicas, recebe muita atenção no mundo, mas a verdadeira ciência médico-missionária, levada a cabo segundo Cristo o fazia, é nova e estranha para as várias denominações religiosas e para o mundo. Ela encontrará, porém, seu devido lugar, quando, como um povo que tem tido grande luz, os adventistas do sétimo dia despertarem para suas responsabilidades, e aproveitarem as ocasiões que lhes são proporcionadas. Ev 518 2 Moços e moças se devem habilitar para empenhar-se na obra médico-missionária como médicos e enfermeiros. Antes, porém, que esses obreiros sejam enviados ao campo, devem dar provas de que possuem o espírito de serviço, de que estão respirando uma atmosfera médico-missionária, que se acham preparados para o trabalho evangélico. Ev 518 3 Devem-se preparar estudantes a fim de servirem de pioneiros na obra missionária. Os missionários médicos que são mandados a países estrangeiros, devem receber primeiro mui cuidadosa educação. São embaixadores de Cristo, e devem trabalhar para Ele com toda a capacidade que possuírem, orando fervorosamente para que o Grande Médico Se compadeça e salve por Seu miraculoso poder. -- Manuscrito 33, 1901. Ev 519 1 Genuína obra médico-missionária -- A lição que precisamos aprender é: Que é genuína obra médico-missionária em práticas feições evangélicas? Conservemos perante o povo em toda parte as condições da vida eterna, tais como são dadas na Palavra de Deus. Aqueles que obedecem a esta Palavra, dando reverentemente a Deus a honra que Lhe é devida, mostrarão em sua prática que possuem conhecimento do que constitui verdadeira obra médico-missionária. O próprio eu tem de ser humilhado, não exaltado. ... É de grande importância que todos quantos afirmam compreender o serviço evangélico médico-missionário ensinem os princípios da verdade. -- Manuscrito 126, 1905. A relação para com o ministério evangélico Ev 519 2 Torna o evangelismo duplamente bem-sucedido -- Alguns deixam completamente de compreender a importância de serem os missionários também missionários médicos. O ministro do evangelho será duplamente bem-sucedido em seu trabalho se sabe como tratar enfermidades. ... Um ministro do evangelho que seja também médico-missionário, que pode curar também enfermidades físicas, é um obreiro muito mais eficiente do que aquele que não o pode fazer. Sua obra como ministro do evangelho é muito mais completa. -- Medicina e Salvação, 245 (1901). Ev 519 3 Não é para se divorciar -- A obra médico-missionária não se deve divorciar em caso algum do ministério evangélico. O Senhor especificou que os dois estarão tão intimamente ligados, como o braço o está com o corpo. Sem esta união, nem uma nem outra destas partes da obra está completa. A obra médico-missionária é o evangelho ilustrado. -- Testimonies for the Church 6:240, 241 (1900). Ev 519 4 Os planos do Senhor para uma obra unida -- As necessidades do mundo atualmente não podem, no entanto, ser plenamente satisfeitas pelo ministério dos servos de Deus, chamados a pregar o evangelho eterno a toda criatura. Conquanto seja bom, o quanto possível, que os obreiros evangélicos aprendam a ministrar às necessidades físicas bem como às espirituais, seguindo assim o exemplo de Cristo, não podem, todavia, gastar todo o tempo e força em aliviar os que necessitam de auxílio. O Senhor ordenou que, juntamente com os que pregam a Palavra, cooperem Seus obreiros médico-missionários -- médicos e enfermeiras cristãos, que tenham recebido preparo especial quanto a curar as doenças e ganhar as almas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 468 (1913). Ev 520 1 Os médicos-missionários são evangelistas -- Devem os médicos lembrar-se de que muitas vezes serão convocados para realizar os deveres de um pastor. Os médicos-missionários recebem o título de evangelistas. Os obreiros devem ir de dois em dois, para que possam orar juntos e consultar-se mutuamente. Jamais devem ser enviados sozinhos. O Senhor Jesus enviou de dois em dois os Seus discípulos a todas as cidades de Israel. Deu-lhes a missão: "Curai os enfermos que nela houver, e anunciai-lhes: a vós outros está próximo o reino de Deus." Ev 520 2 Somos instruídos pela Palavra de Deus de que o evangelista é um professor. Ele deve também ser um médico-missionário. Mas não se deve dar a todos a mesma obra. "Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo." ... Ev 520 3 Os que trabalham em nossos campos como obreiros devem familiarizar-se com a obra de ajudar os enfermos. Nenhum obreiro deve orgulhar-se de ser ignorante naquilo em que deve ser sábio. A obra médico-missionária associa o homem com o próximo e com Deus. A manifestação de simpatia e confiança não deve estar limitada pelo tempo e pelo espaço. -- Medicina e Salvação, 249, 250 (1901). Ev 521 1 Indiferença entre ministros -- Há em nosso mundo muitos obreiros cristãos que ainda não ouviram as grandiosas e maravilhosas verdades que a nós têm vindo. Estão eles fazendo uma boa obra, de acordo com a luz que têm, e muitos deles estão mais adiantados no conhecimento do trabalho prático do que os que têm tido grande luz e oportunidades. Ev 521 2 É de surpreender a indiferença existente entre nossos ministros quanto à reforma de saúde e a obra médico-missionária. Alguns dos que não professam ser cristãos tratam essas questões com muito maior reverência do que alguns de nosso próprio povo, e a não ser que nos levantemos, eles nos tomarão a dianteira. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 416, 417 (1898). Ev 521 3 O presidente da Associação deve reconhecê-la -- Pedimos agora aos que forem escolhidos como presidentes de nossos campos que façam uma abertura adequada em lugares onde nada tem sido feito. Reconhecei a obra médico-missionária como a mão ajudadora de Deus. Como instrumento Seu, por Ele designado, ela deve ter oportunidade e ser encorajada. Devem os médicos-missionários receber tanto estímulo quanto qualquer evangelista credenciado. Orai com esses obreiros. Aconselhai-os se necessitarem de conselho. Não descoroçoeis seu zelo e energia. Cuidai de que por vossa própria consagração e devoção estejais mantendo uma elevada norma diante deles. Há grande necessidade de obreiros na vinha do Senhor, e nenhuma palavra de desânimo deve ser proferida aos que se consagram à obra. -- Medicina e Salvação, 240, 241 (1901). Ev 521 4 O secretário médico-missionário da Associação -- A obra médico-missionária deve estar intimamente ligada à obra da pregação. Sejam indicados para essa obra homens que se hajam demonstrado fidedignos, leais aos princípios. Em toda associação deve ser designado um homem para superintender. Importa que esse homem dê provas de ser consciencioso, correto no trato com os mundanos e com os de nossa fé. Esse homem precisa estar isento de cobiça e egoísmo. -- Carta 139, 1898. Ev 522 1 Advertência contra fazer obra independente -- À medida que a obra médico-missionária se estender mais, haverá tentação de torná-la independente de nossas associações. Foi-me, porém, apresentado, que esse plano não é certo. Os diferentes ramos de nossa obra não são senão partes de um grande todo. Têm um único centro. ... Ev 522 2 Na obra do evangelho, o Senhor emprega diversos instrumentos, e coisa alguma deve ter permissão de separá-los. Jamais se deve estabelecer um hospital como empreendimento independente da igreja. Aos nossos médicos cumpre se unirem com a obra dos ministros evangélicos. Mediante seus labores, almas serão salvas, para que o nome de Deus seja glorificado. ... Ev 522 3 Não era desígnio de Deus que a obra médico-missionária eclipsasse a obra da terceira mensagem angélica. O braço não se deve tornar corpo. A terceira mensagem angélica é a mensagem evangélica para estes últimos dias, e em caso algum deve ela ser ensombrada por outros interesses, fazendo-se parecer que ela não seja de importância essencial. Quando se põe em nossas instituições qualquer coisa acima da terceira mensagem angélica, o evangelho não é aí o grande poder dominante. -- Testimonies for the Church 6:235-241 (1900). Ev 523 1 O ministério médico não deve tomar o lugar do evangelismo -- A obra médico-missionária não deve tomar o lugar do ministério da Palavra. Não deve absorver os meios a serem empregados em sustentar a obra do Senhor nos campos estrangeiros. Seja de onde for que venha o dinheiro ao tesouro, pertence ao Senhor, e não deve ser tão largamente usado em construir edifícios na América [do Norte]. Os donativos do povo não devem imergir em ramos de trabalho que apresentem poucos resultados. A verdade tem de ser proclamada, para que se prepare o caminho do Senhor. A trombeta não deve dar sonido incerto. ... Ev 523 2 A obra médico-missionária precisa dar margem ao ministério da Palavra. Jamais se manifeste desprezo quanto à promulgação da Palavra de Deus. Importa que a terceira mensagem angélica não seja sufocada. -- Manuscrito 177, 1899. Ev 523 3 A última obra ministerial -- Desejo dizer-vos que em breve nenhuma obra será realizada pelo plano ministerial senão a obra médico-missionária. A obra do ministro é ministrar. Nossos ministros devem trabalhar no plano evangélico de ministrar. ... Ev 523 4 Jamais sereis ministros que seguem a ordem evangélica enquanto não demonstrardes um decidido interesse pela obra médico-missionária, o evangelho da saúde, da bênção e do fortalecimento. ... Ev 523 5 Por causa das instruções que recebi do Senhor é que tenho coragem de permanecer entre vós e falar como o faço, a despeito da maneira em que possais encarar a obra médico-missionária. Desejo dizer que a obra médico-missionária é a obra de Deus. Deseja o Senhor que cada um dos Seus ministros entre nas fileiras. Lançai mão da obra médico-missionária, e ela vos dará acesso ao povo. Seu coração será tocado ao ministrardes às suas necessidades. Ao lhes aliviardes os sofrimentos, encontrareis oportunidade para lhes falar do amor de Jesus. -- Conselhos Sobre Saúde, 533 (1901). Simplicidade de método Ev 524 1 Cristo mostrou como ajudar a humanidade -- Lede a narração de como o Salvador alimentou a multidão com cinco pães e dois peixes. ... Esta misericordiosa providência quanto à necessidade temporal ajudou a fixar na mente do povo as graciosas palavras de verdade que Ele proferira. ... Ev 524 2 Neste milagre mostrou Cristo como a obra médico-missionária se deve achar ligada ao ministério da Palavra. Seus discípulos devem tomar o pão da vida e a água da salvação, e dá-los aos que anelam assistência espiritual. E segundo haja necessidade, devem alimentar o faminto e vestir o nu. Assim fazem eles duplo serviço para o Mestre. A beleza e utilidade da obra que fazemos para Deus, consiste em sua simetria e harmonia, e em sua completa adaptabilidade e eficiência. -- Manuscrito 5, 1901. Ev 524 3 Ponde-vos em íntimo contato com a humanidade sofredora -- Cristo legou-nos um exemplo, a fim de que Lhe seguíssemos os passos. Ele Se aproximou sempre dos mais necessitados, dos mais desamparados, e, atraídos por Sua compaixão, eles se achegaram a Ele. Cristo afirma a toda alma sofredora, necessitada, pecaminosa, que jamais lhe faltará um grande Médico para dar-lhe assistência espiritual. Permanecemos demasiado afastados da humanidade sofredora. Cheguemo-nos mais perto de Cristo, a fim de nossa alma encher-se de Sua graça, e do desejo de reparti-la com outros. -- Carta 17, 1903. Ev 524 4 Em ramos práticos -- Cumpre-nos lembrar que a obra de alcançar as almas não se pode limitar a um só método. A obra médico-missionária tem de ser levada avante, não na precisão dos métodos de um homem, mas segundo os de Cristo. Tudo quanto for feito, deve apresentar o cunho do Espírito Santo. Cumpre-nos trabalhar segundo Cristo trabalhou, nos mesmos métodos práticos. Então estaremos seguros. Ev 525 1 A comissão divina não precisa de reforma. O modo de Cristo apresentar a verdade não pode ser aperfeiçoado. O obreiro que tenta introduzir métodos que atraiam os de espírito mundano, supondo que isto removerá as objeções que eles têm quanto a tomar a cruz, diminui sua influência. Conservai a singeleza da piedade. -- Carta 123, 1903. Ev 525 2 Preparados para dar tratamentos simples -- Aprendam nossos ministros, que obtiveram experiência em pregar a Palavra, a dar tratamentos simples, e saiam então como evangelistas médico-missionários. Obreiros -- missionários médico-evangelistas -- são agora necessários. -- Manuscrito 141, 1903. Ev 525 3 Ensinar os princípios do viver saudável -- Os obreiros-evangelistas devem ser também capazes de dar instruções quanto aos princípios do viver sadio. Há enfermidades por toda parte, e muitas delas poderiam ser evitadas por meio da atenção às leis da saúde. O povo precisa ver o efeito dos princípios da saúde sobre o seu bem-estar, tanto para esta vida como para a vida futura. Precisa ser despertado quanto a sua responsabilidade para com a habitação humana aparelhada pelo Criador como Seu lugar de morada, e da qual Ele deseja seja fiel mordomo. Ev 525 4 Milhares necessitam, e alegremente receberiam, instrução sobre os métodos simples de tratar os enfermos, métodos que estão substituindo o uso de drogas venenosas. Há grande necessidade de instrução relacionada com a reforma dietética. Hábitos errôneos no comer, e o uso de alimentos prejudiciais, são em não pequena medida responsáveis pela intemperança, o crime e miséria que afligem o mundo. Ev 526 1 Ao ensinardes os princípios de saúde, conservai na mente o grande objetivo da reforma -- que seu propósito é conseguir o maior desenvolvimento do corpo, espírito e alma. Mostrai que as leis da Natureza, sendo leis de Deus, são destinadas ao nosso bem; que a obediência a elas traz felicidade nesta vida, e auxilia no preparo para a vida por vir. Ev 526 2 Incentivai o povo a estudar esse maravilhoso organismo, o corpo humano, e as leis que o regem. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que entendem alguma coisa da sabedoria e beneficência de Suas leis e os resultados da obediência, virão a considerar seus deveres e obrigações de um ponto de vista completamente diferente. Em lugar de considerarem a observância das leis da saúde como um assunto de sacrifício e renúncia, considerá-la-ão como na verdade é, uma bênção inestimável. Ev 526 3 Todo obreiro-evangelista deve sentir ser parte do trabalho que lhe é designado ensinar os princípios do viver sadio. Há grande necessidade desse trabalho, e o mundo acha-se aberto para ele. -- Conselhos Sobre Saúde, 389, 390 (1914). Ev 526 4 Instruir acerca da cozinha saudável -- Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, na arte de preparar alimentos saudáveis. Todos, velhos e moços, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mãos dos alimentos animais. Ev 526 5 Ensinai ao povo que é melhor saber conservar a saúde do que curar as enfermidades. Nossos médicos devem ser educadores sábios, advertindo a todos contra a tolerância dos apetites e mostrando que a abstinência das coisas que Deus proibiu é o único modo de evitar a ruína não só do corpo, mas também do espírito. -- Testemunhos Selectos 3:361 (1909). Ev 527 1 Importância de escolas culinárias -- Devem-se estabelecer escolas culinárias em muitos lugares. Esta obra pode começar humildemente, mas, à medida que inteligentes cozinheiros fizerem o mais que puderem para esclarecer a outros, o Senhor lhes dará habilidade e entendimento. A ordem do Senhor, é: "Não os impeçais; pois Me revelarei a eles como seu Instrutor." Deus cooperará com os que efetuam Seus planos, ensinando ao povo a fazer uma reforma em seu regime, mediante o preparo de alimento saudável e não dispendioso. Assim, os pobres serão animados a adotar os princípios da reforma de saúde. E ser-lhes-á dado auxílio em se tornarem industriosos e confiarem em si mesmos. Ev 527 2 Foi-me mostrado que homens e mulheres de capacidade estavam sendo ensinados por Deus a preparar alimentos saudáveis e apetecíveis, de maneira apropriada. Muitos deles eram moços, e também os havia de idade madura. Fui instruída a animar o estabelecimento de escolas culinárias em todos os lugares em que se está fazendo a obra médico-missionária. Deve-se pôr diante do povo todo estímulo para levá-lo a adotar a reforma. Fazei brilhar sobre eles o máximo possível de luz. Ensinai-os a aperfeiçoar o quanto possível o preparo do alimento, estimulando-os a comunicar a outros aquilo que aprendem. -- Obreiros Evangélicos, 362 (1902). Ev 527 3 Ir de casa em casa para ensinar a cozinhar -- Alguns devem trabalhar de casa em casa, dando instruções na arte de cozinhar comida saudável. Muitos, muitos serão livrados da degeneração física, mental e moral pela influência da reforma de saúde. Esses princípios se recomendarão aos que estão em busca de luz; e esses avançarão daí à aceitação de toda a verdade para nosso tempo. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. Ev 528 1 Educar, educar, educar -- Precisamos educar, educar, educar, agradável e inteligentemente. Devemos pregar a verdade, orar sobre a verdade e viver a verdade, levando-a, com sua graciosa e saudável influência, ao alcance dos que não a conhecem. Ao serem os enfermos postos em contato com o Doador da vida, suas faculdades da mente e do corpo serão renovadas. Mas para que assim seja, eles precisam praticar a abnegação e ser temperantes em todas as coisas. Somente assim podem ser salvos da morte física e espiritual, e ser restaurados à saúde. Ev 528 2 Quando a maquinaria humana se move em harmonia com as vitalizantes providências de Deus, como trazidas à luz pelo evangelho, a enfermidade é vencida e a saúde brota depressa. Quando os seres humanos trabalham em união com o Doador da vida, que por eles ofereceu Sua vida, pensamentos felizes enchem a mente. Corpo, mente e alma são santificados. Os seres humanos aprendem do Grande Mestre, e tudo para o que olham enobrece e enriquece os pensamentos. As afeições expandem-se em alegria e agradecimento ao Criador. A vida do homem que é renovado segundo a imagem de Cristo é uma luz que brilha nas trevas. -- Medicina e Salvação, 262, 263 (1905). Ev 528 3 Amplas visões da obra -- Existe uma ciência no trato com os que parecem especialmente fracos. Se queremos ensinar a outros, devemos nós mesmos aprender primeiro de Cristo. Precisamos de largueza de vistas, a fim de podermos fazer verdadeira obra médico-missionária. ... Ev 529 1 Devemos revelar tato ao tratar com os que parecem ser ignorantes e inacessíveis. Mediante perseverante esforço em seu favor, devemos ajudá-los a se tornarem úteis na obra do Senhor. Eles responderão prontamente ao interesse paciente, terno e amorável. Ev 529 2 Devemos cooperar com o Senhor Jesus na restauração do ineficiente e o erradio, à inteligência e à pureza. Esta obra se iguala em importância com a obra do ministério evangélico. -- Idem, 209 (1905). Mensagem antitabagista e de temperança Ev 529 3 O homem vendeu sua razão -- Satanás está levando o mundo em cativeiro mediante o uso das bebidas alcoólicas e do fumo, café e chá preto. A mente dada por Deus, que deve ser conservada clara, é pervertida pelo uso de narcóticos. O cérebro não mais é capaz de discernir corretamente. O inimigo tem o controle. O homem vendeu sua razão por aquilo que o enlouquece. Não tem senso algum do que é direito. Todavia a maldição da bebida alcoólica é legalizada, e opera ruína indizível nas mãos dos que gostam de condescender com aquilo que, não somente arruína a pobre vítima, mas a família inteira. Ev 529 4 A maldição da bebida demonstra-se pelos horríveis homicídios praticados. A intemperança acha-se amplamente disseminada. Até que ponto são os sentidos do homem pervertidos por drogas intoxicantes, impossível é dizer. -- Manuscrito 11, 1899. Ev 529 5 Um dever importante -- Anos atrás considerávamos a disseminação dos princípios de temperança como um de nossos mais importantes deveres. Assim deve ser hoje. -- Medicina e Salvação, 266 (1907). Ev 530 1 Métodos para apresentar a mensagem de temperança -- O assunto da temperança deve ser vigorosa e claramente apresentado. Fazei com que o povo veja que bênção será para eles a observância dos princípios da saúde. Fazei-os ver o que Deus designava que se tornassem homens e mulheres. Chamai a atenção para o grande sacrifício feito para o erguimento e enobrecimento da raça humana. Com a Bíblia na mão, apresentai-lhes as reivindicações de Deus. Dizei aos ouvintes que Ele espera que empreguem as faculdades da mente e do corpo de modo a honrá-Lo. Mostrai-lhes como o inimigo está buscando arrastar para baixo criaturas humanas com o levá-las a condescender com o apetite pervertido. Ev 530 2 Dizei-lhes clara, positiva e encarecidamente como milhares de homens e mulheres estão usando o dinheiro de Deus para se corromperem e tornarem este mundo um inferno. Milhões de dólares são gastos naquilo que enlouquece os homens. Apresentai este assunto com tanta clareza, que não lhe possam deixar de ver a importância. Falai então a vossos ouvintes acerca do Salvador, que veio a este mundo a fim de resgatar homens e mulheres de toda prática pecaminosa. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Ev 530 3 Pedi aos que freqüentam as reuniões que vos ajudem na obra que estais procurando realizar. Mostrai-lhes como os maus hábitos resultam em corpos e mentes enfermos -- em desgraça que pena alguma pode descrever. O uso de bebidas alcoólicas está privando milhares de criaturas da razão. E todavia legaliza-se a venda dessas bebidas! Dizei-lhes que eles têm um Céu a ganhar e um inferno a evitar. Pedi-lhes que assinem o compromisso. A comissão do grande EU SOU será vossa autoridade. Tende preparados os compromissos, e apresentai-os ao fim da reunião. Ev 531 1 Uma pessoa não deve tentar fazer essa obra sozinha. Unam-se vários em tal empreendimento. Vão eles para a frente com uma mensagem celeste, imbuídos com o poder do Espírito Santo. Atraiam eles com todas as suas forças, com palavras que a eficiência do Espírito torne eloqüentes. Peçam aos ouvintes que cooperem na obra de advertir as cidades. Vejam os homens e mulheres o mal de gastar dinheiro em satisfações que destroem a saúde da mente, da alma e do corpo. ... Ev 531 2 Não por ostentação exterior, não pelo patrocínio do mundo, será estabelecido o reino de Cristo, mas pela implantação da natureza dEle na humanidade mediante a obra do Espírito Santo. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." Eis o único poder capaz de operar o erguimento da humanidade. E o instrumento humano para execução dessa obra é o ensino e pregação da Palavra de Deus. -- Manuscrito 42, 1905. Ev 531 3 Incidente no ajudar fumantes -- Encontrei na Austrália um homem considerado isento de qualquer intemperança, com exceção de um hábito. Fumava. Esse homem veio ouvir-nos na tenda, e uma noite, depois de ele ir para casa, segundo nos disse posteriormente, lutou contra o hábito do tabaco, e obteve a vitória. Alguns dos parentes haviam-lhe dito que lhe dariam cinqüenta libras, caso jogasse fora o fumo. Ele não queria fazer. "Mas", disse-nos, "quando nos apresentais os princípios de temperança pela maneira por que o fizestes, não me é possível resistir. Apresentais diante de nós a abnegação dAquele que deu a vida por nós. Não O conheço agora, mas desejo conhecê-Lo. Nunca fiz oração em minha casa. Atirei fora o fumo, mas só fui até aí." Ev 532 1 Oramos com ele, e depois que o deixamos, escrevemos-lhe e visitamo-lo mais tarde outra vez. Afinal, ele chegou ao ponto em que se entregou a Deus, e está-se tornando na verdade a coluna da igreja no lugar em que mora. Está trabalhando de toda a sua alma para levar os parentes ao conhecimento da verdade. -- General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901. Ev 532 2 Vitória pela fé -- Nessa obra, serão alcançadas todas as classes. Quando o Espírito Santo trabalha entre nós, almas não preparadas para a vinda de Cristo, sentem-se convictas. Vêm a nossas reuniões e convertem-se muitos que por anos não assistiram a reuniões em igreja alguma. A singeleza da verdade toca-lhes o coração. Os adeptos do fumo sacrificam seu ídolo, e o ébrio a bebida. Não o poderiam fazer, a menos que, pela fé, se apegassem às promessas de Deus quanto ao perdão de seus pecados. A verdade, tal como é na Palavra, apresenta-se diante de altos e humildes, ricos e pobres, e os que recebem a mensagem tornam-se coobreiros nossos e de Deus e surge uma vigorosa força para trabalhar harmoniosamente. Tal é nossa obra. -- Manuscrito 3, 1899. O evangelismo médico nas cidades Ev 532 3 De cidade em cidade e de vila em vila -- A todo o povo -- ricos e pobres, livres e servos -- Cristo, o Mensageiro do concerto, trouxe as novas de salvação. Como o povo afluía para Ele! Iam de perto e de longe em busca de cura, e curava-os a todos. Sua fama de Grande Médico estendia-se por toda a Palestina, de Jerusalém à Síria. Os doentes iam para os lugares por onde julgavam que Ele ia passar, a fim de clamarem a Ele por socorro, e curava-os de suas enfermidades. Ali chegava também o rico, ansioso de ouvir-Lhe as palavras e receber o toque de Sua mão. Assim ia Ele de cidade em cidade, de vila em vila, pregando o evangelho e curando os doentes -- o Rei da glória na humilde roupagem da humanidade. -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1914. Ev 533 1 O chamado de Deus hoje -- Deus está chamando não somente ministros, mas também médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados leigos de vários talentos, que possuem conhecimento da Palavra de Deus e conhecem o poder de Sua graça, a fim de considerarem as necessidades das cidades não advertidas. Passa rapidamente o tempo, e há muito que fazer. Importa pôr em operação todo instrumento, de modo que as oportunidades atuais sejam sabiamente aproveitadas. -- Atos dos Apóstolos, 159 (1913). Ev 533 2 Uma porta de entrada aos lares da cidade -- A obra médico-missionária é uma porta através da qual a verdade deve encontrar entrada em muitos lares nas cidades. Em cada cidade serão encontrados os que apreciarão as verdades da mensagem do terceiro anjo. -- Conselhos Sobre Saúde, 556 (1906). Ev 533 3 Nas séries de conferências em cada cidade -- Os princípios da reforma de saúde devem ser promulgados como parte da obra nessas cidades. A voz da mensagem do terceiro anjo deve ser ouvida com poder. Sejam os ensinos da reforma de saúde introduzidos em cada esforço feito para colocar a luz da verdade diante do povo. Sejam selecionados obreiros que estejam qualificados para ensinar a verdade sabiamente, de modo simples e claro. -- Medicina e Salvação, 304 (1910). Ev 533 4 Muito atrasados na obra -- Estamos muito aquém na obra que devia ter sido feita nessas cidades há muito negligenciadas. O trabalho será agora mais difícil do que teria sido alguns anos atrás. Mas se assumirmos a tarefa em nome do Senhor barreiras serão derribadas, e decididas vitórias nos pertencerão Ev 534 1 Nesta obra necessitam-se médicos e ministros do evangelho. Precisamos levar com insistência nossas petições ao Senhor, e fazer o melhor de nossa parte, forçando a marcha com toda a energia possível, de modo que se faça uma abertura nas grandes cidades. Tivéssemos trabalhado no passado segundo os planos do Senhor, e muitas luzes que agora se apagam estariam brilhando com fulgor. -- Idem, 301, 302 (1909). Ev 534 2 Mensagens de saúde e temperança às massas -- Grande é a obra a fazer no sentido de levar os princípios da reforma de saúde ante o espírito do povo. Devem realizar-se reuniões públicas a fim de apresentar o assunto, e manterem-se escolas em que os interessados possam ouvir mais particularmente acerca dos alimentos saudáveis e de como se pode prover um regime são, nutritivo e apetecível sem o emprego de carne, chá preto e café. ... Ev 534 3 Insisti na questão da temperança com toda a força da unção do Espírito Santo. Mostrai a necessidade de abstenção total de toda bebida intoxicante. Mostrai o terrível dano causado no organismo do homem pelo uso do fumo e do álcool. Exponde vossos métodos de tratamento. Sejam as palestras feitas de molde a esclarecer os ouvintes. Deus tem misericórdia dos injustos. Este serviço será uma oportunidade para dizer o que seja realmente a reforma de saúde. -- Carta 343, 1904. Ev 534 4 Sanatórios perto de cidades importantes -- O Senhor mostrou-me que deve haver sanatórios perto de muitas cidades importantes. ... Precisam prover-se lugares adequados aonde possamos levar os doentes e os sofredores, afastando-os das cidades, doentes e sofredores que nada sabem de nosso povo, e mal conhecem algo acerca da verdade bíblica. Faça-se todo esforço possível a fim de mostrar aos doentes que as moléstias podem curar-se por meio de métodos racionais de tratamento, sem recorrer às drogas nocivas. Separem-se os enfermos de arredores e companhias prejudiciais, colocando-os em nossos sanatórios, onde podem ser tratados por enfermeiros e médicos cristãos, e assim eles se relacionarão com a Palavra de Deus. -- Carta 63, 1905. Ev 535 1 Pondo os alicerces para a mensagem -- É a vontade de Deus que se façam renovados esforços em muitos lugares, estabelecendo-se pequenos edifícios. Cumpre realizar uma obra que abra o caminho para o avançamento da verdade, e isto aumentará a fé das almas. ... Ev 535 2 Há muitos campos a serem trabalhados, e não se façam cálculos para estabelecer muitos centros grandes em poucos lugares favorecidos. O Senhor instruiu-me que não devemos fundar muitos centros grandes; pois em todo campo deve haver recursos para o bem-sucedido desenvolvimento da obra. Por isto não se deve permitir que algumas instituições esgotem todos os meios. Nas cidades pequenas e grandes, e em povoações fora das cidades, devem manter-se pequenos centros onde fiéis atalaias sejam postados a fim de trabalhar pelas almas. Onde quer que o obreiro missionário for, seus esforços devem ser seguidos do estabelecimento de alguma pequena instituição, de modo a apressar o avançamento da obra. Quando os servos de Deus fizerem fielmente seu trabalho, a Providência abrirá o caminho para esses recursos em muitos lugares. Ev 535 3 É preciso haver esforços nos caminhos e atalhos. Não estamos desenvolvendo a obra segundo os planos melhores. Precisamos planejar, dividir e subdividir as forças operantes, de modo a trabalhar em novos campos. -- Carta 30, 1911. Ev 536 1 Cidades em muitas terras -- A obra médico-missionária é a mão direita do evangelho. É necessária ao progresso da causa de Deus. À medida que, por meio dela, homens e mulheres forem levados a ver a importância dos hábitos corretos de vida, o poder salvador da verdade será dado a conhecer. Toda cidade deve ser penetrada por obreiros preparados para fazerem obra médico-missionária. Como a mão direita da terceira mensagem angélica, os divinos métodos de tratar a doença abrirão portas à entrada da verdade presente. A literatura acerca da saúde deve circular em muitas terras. Nossos médicos na Europa e em outros países devem despertar para a necessidade de termos obras sobre este assunto, preparadas por homens do ramo, e que podem ir ao encontro do povo onde se encontra, com as instruções mais essenciais. -- Testimonies for the Church 7:59 (1902). Evangelismo institucional Ev 536 2 Estabelecido a fim de promover a mensagem evangélica -- Pregar o evangelho significa muito mais do que muitos imaginam. É uma obra ampla, de vasto alcance. Nossos sanatórios têm-me sido apresentados como meios eficientíssimos na promoção da mensagem evangélica. -- Manuscrito 5, 1908. Ev 536 3 Trazer saúde à alma -- Alguns serão atraídos por um aspecto do evangelho, outros por outro aspecto. Somos instruídos por nosso Senhor a trabalhar de tal maneira que todas as classes sejam alcançadas. A mensagem deve ir a todo o mundo. Nossos sanatórios devem ajudar a compor o número do povo de Deus. Não devemos estabelecer poucas instituições de grande vulto, pois assim seria impossível dar aos pacientes as mensagens que levariam saúde à alma. Sanatórios pequenos devem ser estabelecidos em muitos lugares. -- Medicina e Salvação, 327 (1905). Ev 537 1 Tornar atrativo o evangelho -- Os que estão associados com nossos sanatórios devem ser educadores. Mediante palavras amáveis e obras de bondade devem tornar o evangelho atrativo. Como seguidores de Cristo, devem eles procurar fazer a mais favorável impressão da religião que professam, e inspirar nobres pensamentos. Alguns serão por sua influência afetados para o presente e para a eternidade. Ev 537 2 Na obra de ajudar a outros, podemos alcançar vitórias muito preciosas. Devemos devotar-nos com incansável zelo, com fervente fidelidade, com abnegação e com paciência, à tarefa de ajudar os que precisam desenvolver-se. Palavras bondosas, animadoras, farão maravilhas. Muitos há que, se esforços constantes e animosos forem feitos em seu favor, sem críticas ou repreensão, mostrar-se-ão susceptíveis de progresso. Quanto menos criticarmos a outros, maior será nossa influência sobre eles para o bem. Para muitos, admoestações positivas e freqüentes farão mais mal do que bem. Seja a bondade cristã recomendada a todos. -- Idem, 208, 209 (1905). Ev 537 3 O grande objetivo -- A conversão de almas é um grande objetivo a ser buscado em nossas instituições médicas. Para isto é que são elas estabelecidas. Os doentes e sofredores, ao virem a nossos sanatórios, são trazidos ao alcance dos obreiros evangélicos que aí trabalham. Oh, que preciosas oportunidades são assim oferecidas para semear as sementes da verdade! -- Carta 213, 1902. Ev 537 4 Apresentação judiciosa da mensagem -- Seja a atmosfera espiritual destas instituições de tal sorte, que os homens e mulheres que são levados aos sanatórios a fim de receberem tratamentos para as moléstias do corpo, aprendam a lição de que sua alma enferma necessita de cura. ... Ev 538 1 Podem-se efetuar na sala de visitas palestras simples, fervorosas, encaminhando assim os sofredores a sua única esperança quanto à salvação da alma. Estas reuniões religiosas devem ser breves e ir diretamente ao ponto; elas se demonstrarão uma bênção aos ouvintes. A palavra dAquele que criou o mundo em seis dias e no sétimo "descansou", deve ser eficazmente apresentada ao espírito. ... Ev 538 2 Nos quartos dos doentes devem estar publicações contendo as preciosas verdades do evangelho, ou em lugares a que eles tenham fácil acesso. Deve haver em todo sanatório uma biblioteca, provida de livros contendo a luz do evangelho. Façam-se planos judiciosos para que os pacientes tenham constante acesso à literatura portadora da luz da verdade presente. ... Ev 538 3 Tornem-se nossos sanatórios o que devem ser -- lares em que se ministre cura às almas enfermas de pecado. Assim será quando os obreiros tiverem viva ligação com o Grande Médico. -- Manuscrito 5, 1908. Ev 538 4 Obreiros que dêem auxílio espiritual -- Em nossos sanatórios de todas as partes do mundo, necessitamos de médicos profundamente convertidos e obreiros sábios -- homens e mulheres que não inculquem suas idéias peculiares aos enfermos, mas que apresentem as verdades da Palavra de Deus de modo que tragam conforto e encorajamento e bênção aos pacientes. Esta é a obra para a qual são estabelecidos os nossos sanatórios -- representar corretamente as verdades da Palavra de Deus, e dirigir a mente de homens e mulheres para Cristo. Ev 538 5 Sejam os serviços religiosos de cada dia, curtos mas de caráter educativo. Apresentem-se a Bíblia e o seu Autor, o Deus do Céu e da Terra, e Cristo, o Filho, a grande Dádiva de Deus ao mundo. Diga-se aos pacientes como o Salvador veio à Terra para revelar o amor de Deus pelos homens. Apresente-se perante eles o Seu grande sacrifício em ter vindo aqui para viver e morrer. Torne-se conhecido que mediante a fé em Cristo todo ser humano pecador pode tornar-se um participante da natureza divina e aprender a cooperar com Deus na obra de Salvação. -- Medicina e Salvação, 208 (1909). Ev 539 1 Remover o preconceito -- A instrução ministrada aos pacientes em nossos hospitais, não deve ser apresentada em forma de leis que têm de ser obedecidas. Foi dita a palavra: "Faça-se tudo quanto for possível para levar os doentes e aflitos ao caminho da verdade e da justiça. O trabalho médico-missionário é um meio de realizar isto. Não sabemos quanto preconceito é afastado ao se pôr o povo em contato com genuínos obreiros médico-missionários. Ao se esforçarem os médicos e enfermeiros por fazer pelos sofredores a obra que Cristo realizou quando estava na Terra, a verdade para este tempo encontrará acesso à mente e ao coração." ... Ev 539 2 Os períodos de culto vespertino em nossos hospitais devem ser dirigidos de maneira a dar ensejo a que se façam perguntas. -- Carta 213, 1902. Ev 539 3 Questões doutrinárias -- A sala de visitas do hospital, onde se reúne a heterogênea massa de doentes, não é lugar para falar-se acerca de doutrinas. Granjeie nossa vida coerente a confiança e desperte o desejo de saber por que acreditamos do modo pelo qual o fazemos. Convidai então os que indagam a assistirem às reuniões do sábado. -- Manuscrito 53, 1899. Ev 539 4 Sábia restrição -- Tendes importante obra a fazer nos hospitais. No trabalho que realizais pelos doentes, não permitais que tenham a impressão de que estais intensamente ansiosos de que compreendam e aceitem nossa fé. Natural é haver intenso fervor nesse sentido. Mas muitas vezes é necessário haver prudente restrição. Em alguns casos, as palavras que poderiam parecer apropriadas causariam grande dano, e fechariam uma porta que se poderia abrir de par em par. Ev 540 1 Manifestai terno amor, e exercei judiciosa paciência. Se virdes um bom ensejo de apresentar um ponto penetrante de argumento, melhor é, muitas vezes, dominar-vos. Não apresenteis em todas as ocasiões as provas mais fortes que conheceis; pois isto despertaria a suspeita de estardes simplesmente procurando converter os ouvintes à fé adventista do sétimo dia. Ev 540 2 A simples Palavra de Deus possui grande poder de convencer da verdade. Deixai falar a Palavra, e fazer sua obra. Haja prudente restrição no esforço evangelístico. Não forceis a apresentação de um ponto probante. Esperai até surgirem perguntas. Deixai que vosso exemplo ensine. Fazei com que vossas palavras e obras mostrem que acreditais nas palavras do Mestre vivo. -- Carta 308, 1906. Ev 540 3 Uma prudente aproximação -- A verdade viva de Deus precisa ser dada a conhecer em nossas instituições médicas. Isto não quer dizer que o médico ou qualquer dos obreiros tem de apresentar a verdade a todos. Não é essa a maneira de agir. A verdade pode ser apresentada sem se fazer isto. Os enfermeiros e os obreiros não devem ir aos pacientes, dizendo: Nós cremos na terceira mensagem angélica. Tal não é sua obra, a menos que os pacientes desejem ouvi-lo, a menos que suas objeções hajam sido removidas, e abrandado seu coração. Ev 540 4 Agi de maneira que os pacientes vejam que os adventistas do sétimo dia são um povo dotado de bom senso. Procedei de modo que sintam ser a instituição um lugar de repouso. A verdade bíblica deve ser apresentada, mas os pontos peculiares da verdade não devem ser salientados a todos os doentes. Se vos fazem perguntas, dai-lhes a razão de vossa fé. Assim resplandecerá a luz. Ev 541 1 Os doentes podem ser convidados a assistir às nossas reuniões, e aí eles ouvirão a verdade, sabendo ao mesmo tempo que ela não lhes é forçada. Então, quando saem do sanatório e ouvem o povo dizer: Não quero ir para ali, para me quererem tornar adventista do sétimo dia, eles lhes dirão que os obreiros do sanatório não empurram a verdade a ninguém. Ev 541 2 Impossível será impedir que os pacientes façam indagações acerca de nossa fé. Pessoas há que têm fome e sede da verdade, e estas a encontrarão. Eis por que queremos que nossa instituição seja imediatamente estabelecida. -- Manuscrito 111, 1899. Ev 541 3 O testemunho de uma vida cristã coerente -- Estas sagradas verdades, quando cridas e praticadas, não devem ser levadas avante por modo coercitivo, mas no espírito do Mestre. O Espírito Santo alcançará espíritos nobres e o melhor espírito dos homens. Importa haver em todos os nossos sanatórios homens que compreendam a doutrina da verdade, e que sejam capazes de apresentá-la pela pena e pela Palavra. Serão postos em contato com homens cujo espírito não é de modo algum mesquinho, e cumpre-lhes pleitear com eles como o fariam com um filho único. Deve ser nosso objetivo, diz o Senhor, não colocar em posições de responsabilidade e confiança homens que se não achem habilitados pela experiência, homens que não buscam profundas visões da verdade bíblica. Ev 541 4 Muitos supõem que a aparência e o estilo e a pretensão devem efetuar uma grande obra no atingir as classes mais elevadas. Mas isto é um erro. Essas pessoas podem ler isto. A aparência tem alguma coisa, ou antes, muito que ver com as impressões causadas no espírito, mas essa aparência deve ser de piedosa espécie. Manifeste-se estarem os obreiros ligados com Deus e o Céu. Não deve haver esforço para reconhecimento pelos homens do mundo a fim de dar reputação e influência à obra nestes últimos dias. A coerência é uma jóia. Nossa fé, nosso vestuário e conduta devem estar em harmonia com o caráter de nossa obra, a apresentação da mais solene mensagem que já se deu ao mundo. Ev 542 1 Nossa obra é atrair os homens à crença na verdade, atrair pela pregação e pelo exemplo também, vivendo vida piedosa. A verdade, em todos os seus aspectos deve ser vivida, mostrando a coerência da fé com a prática. O valor de nossa fé mostrar-se-á pelos frutos. O Senhor pode impressionar homens por nosso intenso zelo, e fá-lo-á. Nosso vestuário, nossa conduta, nossa conversação e a profundidade de uma crescente experiência no sentido espiritual, tudo deve mostrar que os grandes princípios da verdade com que lidamos são uma realidade para nós. Assim se deve a verdade tornar impressiva como um grande todo, e dominar o intelecto. A verdade, a verdade bíblica, deve tornar-se a autoridade para a consciência, e o amor e a vida da alma. -- Carta 121, 1900. Ev 542 2 Não palavras, porém atos -- Quanto a tornar conhecida nossa fé, nenhum esforço decidido deve ser feito a fim de ocultá-la, nem desavisados esforços sejam feitos para pô-la em evidência. Ao sanatório irão pessoas com disposição favorável a ser impressionadas pela verdade. Caso façam perguntas quanto a nossa fé, será próprio declarar aquilo que cremos, por maneira clara e simples. A piedade que habita no interior comunica à conduta do verdadeiro crente um poder que lhe dará influência para o bem. Ev 542 3 Nisto, porém, cumpre-nos agir com discrição. Pessoas conscienciosas há, que julgam seu dever falar francamente sobre os pontos de fé em que há divergência de opinião, de uma maneira que suscita a combatividade daqueles com quem se encontram. Um esforço prematuro e imprudente assim, poderá cerrar os ouvidos da pessoa que, de outro modo, haveria ouvido pacientemente, mas que agora irá influenciar outros desfavoravelmente. Brota assim a raiz de amargura pela qual muitos serão contaminados. Pela indiscrição de uma pessoa, fechar-se-ão ouvidos e corações de muitos à verdade. Ev 543 1 É fato conhecido de todos que os zelosos fanáticos das diferentes seitas têm cultivado e manifestado muito pouca imparcialidade em sua estimativa dos que divergem deles em assuntos religiosos. Os desta classe esperam encontrar o mesmo espírito irrazoável nos adventistas do sétimo dia, e então revestem-se da armadura, preparados a resistir a qualquer coisa que afete seus pontos de vista peculiares. Ev 543 2 Em tempos passados, alguns do sanatório julgaram seu dever apresentar a questão do sábado em todos os lugares. Insistiram a esse respeito junto dos doentes, de modo fervoroso e com persistência. A tais pessoas, diriam os anjos de Deus: Não palavras, mas atos. A vida diária fala mais que qualquer quantidade de palavras. Uma alegria habitual, terna bondade, beneficência cristã, paciência e amor, desfarão o preconceito e abrirão o coração à verdade. Poucos compreendem o poder dessas preciosas influências. -- Manuscrito 53, 1899. O médico consagrado e o enfermeiro missionário Ev 543 3 Médicos e enfermeiros cristãos -- O Senhor ordenou que médicos e enfermeiros cristãos trabalhem em associação com os que pregam a Palavra. A obra médico-missionária deve estar ligada com o ministério evangélico. -- Medicina e Salvação, 240 (1908). Ev 543 4 Lucas, um exemplo -- Em nossa obra hoje, o ministério da Palavra e a obra médico-missionária devem estar aliados. Ev 544 1 Lucas é chamado o "médico amado". Paulo ouviu falar de sua competência como médico, e procurou-o como alguém a quem o Senhor confiara uma obra especial. Aliciou-lhe a cooperação em sua obra. Depois de algum tempo, deixou-o em Filipo. Aí Lucas continuou a trabalhar por vários anos, fazendo um duplo serviço, como médico e como ministro evangélico. Era na verdade um médico-missionário. Fazia sua parte, e então solicitava ao Senhor que fizesse com que Seu poder restaurador pousasse sobre os enfermos. Sua perícia médica abria o caminho para a mensagem evangélica chegar aos corações. Abria-lhe muitas portas, dando-lhe oportunidade de pregar o evangelho entre os pagãos. ... Ev 544 2 É o plano divino que trabalhemos da mesma maneira como o fizeram os discípulos. Ligados ao Médico divino, grande é o bem que podemos realizar no mundo. O evangelho é o único antídoto para o pecado. Como testemunhas de Cristo, cumpre-nos dar testemunho de Seu poder. Devemos levar os doentes ao Salvador. Sua graça transformadora e miraculoso poder ganharão muitas almas para a verdade. Seu poder de curar, aliado à mensagem evangélica, trará êxito nas emergências. O Espírito Santo há de operar nos corações, e veremos a salvação de Deus. Em sentido especial, a cura dos doentes é nossa obra. ... Ev 544 3 O espaço de tempo não operou mudança na promessa dada por Cristo ao partir. Ele está hoje conosco como estava com os discípulos, e estará conosco "até ao fim". Cristo ordenou que uma sucessão de homens proclamasse o evangelho, dEle derivando sua autoridade -- dEle, que é o grande Mestre. -- Carta 134, 1903. Ev 544 4 Conferências públicas por médicos -- Uma pessoa que seja a um tempo médico e mestre religioso, encontrará uma obra a fazer que dará em resultado a salvação de almas. A forma de palavras judiciosas no ensino religioso, apoiada por um "Assim diz o Senhor" exercerá salvadora influência. O médico pode exprimir-se por tal maneira que seja convidado a falar perante vários grupos, e será recebido. Como mestre, o médico pode estar alerta quanto às ocasiões que se lhe oferecem, pois a Palavra de Deus deve circular desembaraçadamente. -- Carta 4, 1910. Ev 545 1 Oportunidades singulares dos enfermeiros missionários -- Em todo lugar em que seja apresentada a verdade, devem fazer-se desde o princípio sinceros esforços para pregar o evangelho aos pobres, e para curar os enfermos. Esta obra, feita com fidelidade, acrescentará à igreja muitas almas daqueles que se hão de salvar. Ev 545 2 Os que se empenham em trabalho de casa em casa, encontrarão ocasiões para servir em muitos sentidos. Devem orar pelos doentes, e fazer tudo ao seu alcance para aliviá-los dos sofrimentos. Trabalhem eles entre os humildes, os pobres e oprimidos. Devemos orar pelos desamparados e com eles, esses que não têm força de vontade para dominar os apetites degradados pela paixão. Fervorosos e perseverantes esforços devem ser feitos pela salvação daqueles em cujo coração se despertou interesse. Muitos só podem ser alcançados mediante atos de desinteressada bondade. Supram-se primeiro suas necessidades materiais. Ao verem as demonstrações de amor abnegado de nossa parte, mais fácil lhes será crer no amor de Cristo. Ev 545 3 Os enfermeiros missionários estão mais habilitados para esta obra; outros, porém, se devem aliar a eles. Estes, embora não especialmente instruídos e preparados na enfermagem, podem aprender de seus coobreiros a melhor maneira de trabalhar. -- Testimonies for the Church 6:83, 84 (1900). Ev 545 4 Alcançar as classes mais altas -- Os médicos, cuja perícia profissional é superior à dos obreiros comuns, devem empenhar-se no serviço de Deus nas grandes cidades. Busquem atingir as classes mais altas. ... Ev 546 1 Os médicos missionários que trabalham nos ramos evangelísticos, estão efetuando uma obra de tão elevada ordem, como seus coobreiros do ramo ministerial. Esta espécie de obra médica, aliada à obra do ministério, não se deve limitar às classes mais pobres. As classes mais altas têm sido estranhamente passadas por alto. Nos círculos mais elevados encontrar-se-ão muitos que hão de corresponder à verdade por ser ela coerente, apresentando o cunho do elevado caráter do evangelho. Não poucos homens de capacidade entrarão com energia para a obra. Empregando os talentos que lhes foram dados por Deus, serão produtores, ao mesmo tempo que consumidores. Ev 546 2 O médico e o ministro fiéis empenham-se na mesma obra. Devem trabalhar em completa harmonia. Devem aconselhar-se um com o outro. Por sua unidade, darão testemunho de que Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo para salvar a todos os que crerem nEle como seu Salvador pessoal. -- Manuscrito 79, 1900. Ev 546 3 O ministério espiritual do médico -- A obra do verdadeiro missionário-médico é em grande parte uma obra espiritual. Inclui oração e o impor das mãos; portanto ele deve ser separado para sua obra de maneira tão sagrada como o ministro do evangelho. Os que são escolhidos para desempenhar a parte de médico-missionários, devem ser separados como tais. Isto os fortalecerá contra a tentação de retirarem-se da obra do sanatório para se dedicarem à clínica particular. Não se deve permitir que nenhum motivo egoísta afaste o obreiro de seu posto de dever. Vivemos em um tempo de responsabilidades solenes; tempo em que se deve realizar obra consagrada. Busquemos diligentemente ao Senhor, e com entendimento. -- Manuscrito 5, 1908. Precauções compensadoras Ev 547 1 Nosso tríplice ministério -- Deus opera por meio de instrumentos, ou segundas causas. Usa o ministério evangélico, a obra médico-missionária, e as publicações portadoras da verdade presente para impressionar os corações. Todos são tornados eficazes mediante a fé. Ao ser a verdade ouvida ou lida, o Espírito Santo impressiona aos que ouvem e lêem com sincero desejo de saber o que é direito. O ministério evangélico, a obra médico-missionária e nossas publicações, são instrumentos de Deus. Um não deve suplantar ao outro. -- Carta 54, 1903. Ev 547 2 Ajuntar a palavra "médico" -- A obra do ministério evangélico não deve decrescer em eficácia, mas aumentar até que se torne a grande instrumentalidade iluminadora em nosso mundo. Faça-se tudo quanto for possível para mandar mais obreiros ao campo. Influência alguma deve ser exercida a fim de desviar jovens de se habilitarem para a obra missionária pastoral. A isso podemos ajuntar a palavra "médica"; pois é essencial que o ministro evangélico tenha conhecimento das doenças e suas causas. Ele deve saber ajudar os doentes. Ser capaz de ensinar o povo a tratar a casa em que vivemos. Isto faz parte do evangelho. -- Carta 123, 1900. Ev 547 3 Nossa obra deve ser tão distinta como a de Müller -- Deus não põe agora sobre Seu povo a mesma obra que foi posta sobre Müller. Este fez nobre trabalho. Deus, porém, deu a Seu povo uma obra segundo plano diverso. Deu-lhes uma mensagem para o mundo inteiro. Cumpre-lhes penetrar em território após território, fazendo obra intensiva contra os pecados destruidores da alma. -- Carta 33, 1900. Ev 548 1 Uma obra equilibrada -- para ricos e pobres -- Ultimamente [1899], grande interesse tem sido despertado pelos pobres e os de baixa classe; grande trabalho tem sido empreendido para o erguimento dos caídos e degradados. Este é em si mesmo um bom trabalho. Devemos ter sempre o Espírito de Cristo e fazer a mesma espécie de trabalho que Ele fez pela humanidade sofredora. O Senhor tem um trabalho para ser feito pelos de baixa classe. Não há dúvida quanto a ser o dever de alguns trabalhar entre eles, e procurar salvar as almas que estão perecendo. Isto terá o seu lugar em conexão com a proclamação da mensagem do terceiro anjo e a recepção da verdade bíblica. Mas há o perigo de sobrecarregar-se cada um com esta espécie de trabalho, em virtude da intensidade com que é levado avante. Há o perigo de que os homens sejam levados a centralizar suas energias neste setor, quando Deus os chamou para outro trabalho. Ev 548 2 A grande questão de nosso dever para com a humanidade é séria, e grande soma da graça de Deus é necessária na decisão de como trabalhar de modo que se produza o máximo de bem. Nem todos são chamados a iniciar o seu trabalho laborando entre os da mais baixa classe. Deus não requer que Seus obreiros obtenham educação e preparo para devotar-se exclusivamente a essas classes. Ev 548 3 A operação de Deus é manifesta de um modo que estabelecerá a confiança de que a obra é projeto Seu, e que princípios sadios sustentam cada ação. Mas tenho recebido instrução de Deus de que há o perigo de fazerem-se planos para os de baixa classe de tal modo que levarão a movimentos espasmódicos e excitáveis. Estes não produzirão resultados realmente benéficos. Uma classe será encorajada a fazer uma espécie de trabalho que resultará num mínimo de fortalecimento de todas as partes da obra pela ação harmoniosa. Ev 549 1 O convite do evangelho deve ser feito aos ricos e aos pobres, aos elevados e aos humildes, e precisamos imaginar meios para levar a verdade a novos lugares, e a todas as classes de pessoas. O Senhor nos ordena: "Saí pelos caminhos e valados, e forçai-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Ele diz: "Começai junto aos caminhos; trabalhai completamente os caminhos; preparai um grupo que em união convosco possam sair para fazer aquele mesmo trabalho que Cristo fez ao buscar e salvar o que se havia perdido." Ev 549 2 Cristo pregou o evangelho aos pobres, mas não limitou os Seus labores a esta classe. Ele trabalhou por todos os que quisessem ouvir Sua palavra -- não somente os publicanos e marginalizados, mas os ricos e cultos fariseus, os nobres judeus, o centurião e o governador romano. Esta é a espécie de trabalho que sempre tenho visto deve ser feita. Não devemos forçar cada tendão e nervo espirituais no trabalho pelos de classe mais baixa, e fazer deste trabalho o todo em tudo. Há outros a quem precisamos levar ao Mestre, almas que necessitam a verdade, que estão levando responsabilidades, e que trabalharão com toda sua santificada habilidade tanto nos lugares altos como nos baixos. Ev 549 3 A obra pelas classes mais pobres não tem limites. Ela nunca pode ser concluída, e tem de ser tratada como uma parte do grande todo. Dar nossa primeira atenção a este trabalho, quando há vastas porções da vinha do Senhor abertas ao cultivo, e todavia ainda não tocadas, é começar no lugar errado. O que é o braço direito para o corpo, é a obra médico-missionária para a mensagem do terceiro anjo. Mas o braço direito não deve tornar-se o corpo inteiro. A obra de buscar os de baixa classe é importante, mas não deve tornar-se o grande fardo de nossa missão. -- Medicina e Salvação, 311, 312 (1899). Ev 550 1 Uma obra proporcionada -- A obra médico-missionária não se deve tornar desproporcionada. Precisa achar-se em harmonia com o restante da obra. -- Carta 38, 1899. Ev 550 2 A saúde dos obreiros -- Os que colocam toda a sua alma no trabalho médico-missionário, que incansavelmente trabalham, em perigo, em privação muitas vezes, em cansaço e dor, estão em risco de esquecer que devem ser fiéis guardadores de suas próprias faculdades físicas e mentais. Não se devem permitir excessivo desgaste. Mas, cheios de zelo e fervor, eles muitas vezes agem desavisadamente, colocando-se sob demasiada tensão. A menos que tais obreiros façam mudança, o resultado será que sobre eles virá a doença, e entrarão em colapso. Ev 550 3 Conquanto os obreiros de Deus devam ser cheios de nobre entusiasmo, e de determinação de seguir o exemplo do Obreiro divino, o grande Médico-Missionário, não devem tumultuar o seu dia de trabalho com coisas demasiadas. Se o fizerem, terão logo de deixar o trabalho inteiramente aniquilados, porque procuraram conduzir carga demasiada. Meu irmão, é correto de tua parte fazer o melhor uso das vantagens que te foram dadas por Deus, em ferventes esforços para alívio de sofredores e salvação de almas. Mas não sacrifiques tua saúde. Ev 550 4 Temos uma vocação tão mais alta do que interesses comuns e egoístas, quão mais altos são os céus do que a Terra. Mas este pensamento não deve levar os dispostos e sacrificados servos de Deus a levar todos os fardos que possivelmente consigam levar, sem períodos de descanso. Ev 550 5 Quão estupendo seria se entre todos os que se empenham em levar avante o maravilhoso plano de Deus para a salvação de almas, não houvesse indolentes! Quanto mais não seria realizado, se todos dissessem: "Deus me tem como responsável de estar inteiramente desperto; e que meus esforços falem em favor da verdade que professo crer! Devo ser um obreiro ativo, e não um sonhador." -- Medicina e Salvação, 292, 293 (1904). ------------------------Capítulo 17 -- Trabalho em favor de classes especiais Trabalhar por todas as classes Ev 552 1 Pregai a verdade a todas as classes -- O convite do evangelho deve ser feito aos ricos e pobres, aos elevados e aos humildes e precisamos imaginar meios para levar a verdade a novos lugares, e a todas as classes de pessoas. -- Medicina e Salvação, 312 (1899). Ev 552 2 Dai-lhe uma oportunidade de compreender -- Não deixeis que ninguém conceba a idéia de que os pobres e iletrados devam ser passados por alto. Os devidos métodos de trabalho não os excluirão de maneira alguma. Foi um dos testemunhos do messiado de Cristo o ser o evangelho pregado aos pobres. Devemos considerar o assunto de modo a dar a todas as classes uma oportunidade de compreender as verdades especiais para este tempo. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1890. Ev 552 3 Uma mensagem salvadora para toda alma -- Muitos têm profundo senso de necessidade -- necessidade que as riquezas terrenas ou os prazeres daqui não podem satisfazer; não sabem, porém, como alcançar aquilo por que anseiam. Ev 552 4 O evangelho de Cristo é, de princípio a fim, o evangelho da graça salvadora. Ele é uma idéia distintiva e dominante. Será um auxílio aos necessitados, luz para os olhos cegos à verdade, e guia às almas em busca do verdadeiro fundamento. Salvação plena e perpétua acha-se ao alcance de toda alma. Cristo espera e almeja dar perdão, e comunicar a graça gratuitamente oferecida. Ele vela e espera, dizendo como disse ao cego de Jericó: "Que queres que te faça?" Tirar-te-ei os pecados; lavar-te-ei em Meu sangue. Ev 553 1 Em todas as estradas da vida há almas a serem salvas. Os cegos estão tateando nas trevas. Comunicai-lhes a luz, e Deus vos abençoará como colaboradores Seus. -- Carta 60, 1903. Ev 553 2 Os planos para as classes elevadas alcançarão a todos -- Alçai vossa mente à grandeza da obra. Vossos planos estreitos, as idéias limitadas, não devem ter lugar em vossos métodos de trabalho. Precisa haver reforma a esse respeito, e mais recursos entrarão para habilitar a obra a ser elevada à alta e exaltada posição que sempre deve ocupar. Haverá homens de recursos que discernirão alguma coisa do caráter da obra, se bem que não tenham coragem de tomar a cruz e sofrer o vitupério que acompanha a verdade impopular. Alcançai primeiro as classes elevadas, se possível, mas sem que haja negligência das mais humildes. Ev 553 3 O caso tem sido, todavia, que os planos e esforços têm sido moldados em muitos campos de tal jeito, que só se podem alcançar as classes mais humildes. Podem-se imaginar métodos para atingir as classes mais altas, que necessitam da luz da verdade da mesma maneira que as inferiores. Estas vêem a verdade, mas se acham, por assim dizer, na servidão da pobreza, e vêem a fome diante de si, caso aceitem a verdade. Planejai para aproximar-vos das classes altas, e não deixareis de alcançar as mais desfavorecidas. -- Carta 14, 1887. Ev 553 4 Talento e influência convertidos -- Os servos de Deus não devem exaurir tempo e energias em trabalhar por aqueles cuja vida toda tem sido consagrada ao serviço de Satanás, a ponto de o ser inteiro se achar corrompido. Ao virem os desprezados, e eles virão como foram a Cristo, não lhes devemos proibir. Mas Deus chama obreiros a trabalharem por aqueles de classe mais elevada que, se convertidos, poderão por sua vez trabalhar pelos de sua própria posição. Ele quer ver convertidos talentos e influências, alistados em Sua obra. O Senhor está trabalhando em homens e mulheres de talento e influência, levando-os a unirem-se com aqueles que estão dando a última mensagem de misericórdia ao mundo. -- Manuscrito 6, 1902. Ev 554 1 Os métodos de Paulo alcançaram todas as nações e povos -- Paulo reuniu, em suas viagens, as missões internas e estrangeiras. Ora prega aos judeus em seu próprio lugar de culto. Ora prega aos gentios diante de seu templo e na própria presença de seus deuses. Tampouco proclama Paulo aos judeus um Messias que veio destruir a velha dispensação, mas sim que veio desenvolver toda a dispensação judaica de acordo com a verdade. Ev 554 2 Aqueles dentre os discípulos que levaram a palavra da verdade mais longe, estavam prontos a suportar a prova de qualquer entrevista com os que se mantinham próximos de casa. Aí obteve o cristianismo decidida vitória, e os conversos judeus tomaram a elevada posição de reconhecer que o cristianismo e a salvação eram para todas as nações, línguas e povos sobre a face da Terra. -- Carta 17, 1900. Alcançar homens de recursos e de influência Ev 554 3 Levai o chamado aos líderes no comércio e no governo -- O chamado a ser feito nos "caminhos", tem de ser proclamado a todos quantos têm parte ativa nas obras do mundo, aos mestres e dirigentes do povo. Aos que têm sobre si pesadas responsabilidades na vida pública, médicos e professores, advogados e juízes, funcionários públicos e comerciantes, deve ser dada uma mensagem clara, distinta. -- Testimonies for the Church 6:78 (1900). Ev 555 1 Buscar os influentes -- Aqueles que pertencem às camadas sociais mais elevadas devem ser procurados com terna afeição e respeito fraternal. Homens de negócios, em altas posições de confiança, homens de faculdades inventivas e intuição científica, homens talentosos, mestres do evangelho, cuja atenção não foi dirigida para as verdades especiais deste tempo -- esses devem ser os primeiros a ouvir o convite. A eles deve ser feito o convite. -- Parábolas de Jesus, 230 (1900). Ev 555 2 Muito falamos e escrevemos acerca dos pobres negligenciados; não se deveria dar alguma atenção aos negligenciados ricos? Muitos consideram essa classe como sem esperança, e pouco fazem para abrir os olhos dos que, cegados e deslumbrados pelo poder de Satanás, perderam de vista a eternidade. Milhares de ricos baixaram à sepultura sem serem advertidos porque foram julgados pelas aparências, e passados por alto como casos desesperados. Mas, por mais indiferentes que pareçam, foi-me mostrado que a maioria dessa classe é de almas opressas. Milhares de ricos acham-se famintos quanto ao alimento espiritual. Muitos que ocupam cargos oficiais, sentem a própria necessidade de alguma coisa que não possuem. Poucos entre eles vão à igreja, porque acham que não recebem nenhum benefício. O ensino que ouvem não toca a alma. Não faremos nós esforço pessoal em seu favor? -- Testemunhos Selectos 2:386, 387 (1900). Ev 555 3 Obreiros hábeis para trabalhar com as classes mais altas -- Não se tem feito o esforço devido para atingir as classes mais altas. Ao passo que nos cumpre pregar o evangelho aos pobres, devemos apresentá-lo também, em seu mais atrativo aspecto aos que são dotados de capacidade e de talento, e fazer esforços muito mais sábios e decididos, no temor de Deus, do que têm sido feitos até aqui, a fim de conquistá-los à verdade. Ev 556 1 Porém, para isto conseguir, todos os obreiros se devem manter em um elevado nível de entendimento. Não podem fazer esta obra e imergir em um nível baixo, comum, achando que não importa muito a maneira por que trabalham, ou o que dizem, uma vez que estão trabalhando pelas classes pobres e ignorantes. Têm de aguçar-se, e estar aparelhados e preparados a fim de apresentar inteligentemente a verdade às classes mais elevadas, e alcançá-las. Seu espírito precisa erguer-se mais alto, e manifestar maior vigor e clareza. ... Ev 556 2 Uma razão por que não se têm feito até aqui esforços em benefício das classes mais altas como vos tenho apresentado, é a falta de fé e verdadeiro ânimo em Deus. -- Manuscrito 14, 1887. Ev 556 3 Com um anzol devidamente iscado -- Os inteligentes, os cultos, são por demais passados por alto. O anzol não está iscado para apanhar esta classe, e não são ideados, com oração, meios e métodos para alcançá-los com a verdade capaz de torná-los sábios para a salvação. Muito em geral, os seguidores da moda, os ricos, os orgulhosos, compreendem pela experiência, que a felicidade não se consegue com a soma de dinheiro que possuem, nem por custosos edifícios, nem mobiliários e quadros ornamentais. Querem alguma coisa que não possuem. Mas essa classe se atrai uma à outra, e difícil é encontrar acesso a elas; e por isso muitos estão a perecer em seus pecados, anelando algo que lhes dê descanso e paz, e tranquilidade de espírito. Necessitam de Jesus, a luz da justiça. Ev 556 4 Há certa rotina de labores realizados de certa maneira a qual faz com que uma vasta classe fique intacta. ... Ev 556 5 Os ricos deixados sós, sem nenhum esforço para salvá-los, ficam mais e mais fechados em suas próprias idéias. Sua própria corrente de pensamentos e associações, perde de vista a eternidade. Tornam-se mais orgulhosos e egoístas, duros de coração e insensíveis à impressão, suspeitosos de que todos queiram tirar dinheiro, ao passo que os pobres são invejosos dos ricos, que necessitam mais de piedade do que de ser invejados. Levai-os, a todos esses, para debaixo do poder da verdade salvadora, e a obra da edificação do reino de Deus irá avante com muito maior êxito. -- Manuscrito 66, 1894. Ev 557 1 Encantados pela verdade bíblica -- Homens que ocupam altas posições de confiança no mundo, ficarão encantados com uma clara, direta declaração da verdade escriturística. -- Carta 111, 1904. Ev 557 2 Evitar argumentos incisivos -- Os grandes homens, os homens cultos, podem melhor ser atingidos pela simplicidade de uma vida piedosa, do que pelos argumentos incisivos que se possam acumular sobre eles. Causam-se boas impressões quando a religião é cheia de vitalidade, de molde a promover vida e progresso. Quando a preciosa semente da verdade encontrar abrigo no coração, o recebedor, pelo Espírito de Cristo, descobrirá a pecaminosidade das paixões, das vaidades, da ignorância humanas. Tudo isto deve ser expurgado do templo da alma, tornando-se a graça de Deus um princípio permanente. Então todos os princípios da verdade florescerão no jardim de Deus -- humildade, mansidão, paciência e amor. -- Carta 6b, 1890. Ev 557 3 A verdade presente em figuras e parábolas -- A verdade deve ser apresentada em diferentes modos. Alguns nas mais altas esferas da vida apreendê-la-ão quando apresentada em figuras e parábolas. -- Medicina e Salvação, 318 (1905). Ev 557 4 Atraídos pela simplicidade do evangelho -- Mesmo os grandes homens são mais facilmente atraídos pela simplicidade do evangelho do que por qualquer esforço feito no poder humano. Precisamos mais de Deus e muito menos do próprio eu. Deus operará pelo mais fraco dos instrumentos humanos possuído de Seu Espírito. -- Carta 72, 1899. Ev 558 1 O talento da inteligência e dos meios -- Devemos fazer trabalho especial por aqueles que estão em elevada posição de confiança. O Senhor pede àqueles a quem confiou os Seus bens, que usem em Seu serviço os seus talentos de intelecto e de meios. Alguns serão impressionados pelo Espírito Santo a investir os recursos do Senhor de modo que Sua obra vá avante. Eles cumprirão o Seu propósito ajudando a criar centros de influência em nossas grandes cidades. Nossos obreiros devem fazer diante desses homens uma clara exposição de nossas necessidades. Que eles saibam de que necessitamos para ajudar os pobres e necessitados e para estabelecer a obra em bases firmes. -- Medicina e Salvação, 329 (1900). Ev 558 2 Trabalhar por homens como Cornélio -- Podemos aprender uma lição do caso de Cornélio, lição que bem faremos em compreender. O Deus do Céu envia Seus mensageiros à Terra para movimentar uma cadeia de circunstâncias que porão Pedro em ligação com Cornélio, para que este aprenda a verdade. Mediante o ministério dos anjos, Pedro é posto em cooperação com as almas indagadoras que já têm tudo preparado para ouvir a verdade e receber mais luz. ... Ev 558 3 A conversão de Cornélio e sua casa, foi apenas as primícias de uma colheita a ser feita no mundo. Dessa casa foi levada avante em uma cidade pagã uma vasta obra de graça. -- Carta 17, 1900. Ev 558 4 É preciso que haja um despertamento entre o povo de Deus, para que Sua obra seja levada avante com poder. Necessitamos do batismo do Espírito Santo. Necessitamos compreender que Deus acrescentará às fileiras de Seu povo homens de capacidade e influência, os quais hão de desempenhar sua parte no advertir o mundo. Nem todos no mundo são desenfreados e pecaminosos. Deus tem muitos mil que não dobraram os joelhos a Baal. Há homens tementes a Deus nas igrejas caídas. Se assim não fora, não nos seria dada a mensagem a proclamar: "Caiu, caiu, a grande Babilônia. ... Sai dela, povo Meu." Ev 559 1 O evangelho deve ser proclamado em nossas cidades. Homens de saber e influência têm de ouvir a mensagem. Não só brancos, mas homens de cor dotados de habilidade, hão de aceitar a fé. Estes hão de trabalhar por seu próprio povo, e devem ser apoiados no efetuar a obra que o Senhor deseja que seja feita. Ev 559 2 Importa introduzir-se na obra de Deus muito mais oração, muito mais semelhança com Cristo, muito mais conformidade com a vontade de Deus. A ostentação, o extravagante dispêndio de meios, não realizarão a obra a ser feita. Muitos estão anelando por um sopro da vida do Céu. Reconhecerão o evangelho ao ser-lhes levado pela maneira designada por Deus. Ev 559 3 Cristo veio a um mundo movimentado, cheio do ruído e altercações do comércio, onde os homens buscavam egoisticamente tirar para si tudo quanto pudessem; e, acima do burburinho, como a trombeta de Deus, fez ouvir Sua voz: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? ou que dará o homem em recompensa da sua alma?" Ev 559 4 Cristo indica aos homens um mundo mais nobre, com o qual deixaram de contar, e declara que a única cidade que perdurará, é aquela cujo artífice e construtor é Deus. Mostra-lhes o limiar do Céu, inundado da glória viva de Deus, e assegura-lhes que os tesouros celestes são para aqueles que vencem. Convida-os a porfiar com santificada ambição por assegurar a herança imortal. Insiste para que entesourem junto ao trono de Deus. Então, em vez de sobrecarregar-se quase além de suas forças para adquirir riquezas terrenas, eles trabalharão com todas as faculdades do corpo e da mente por Cristo. Empregando seus talentos e meios para ganhar almas para Ele, estarão realizando uma obra de mais importância que qualquer outra que haja no mundo. Ev 560 1 Há entre os homens de dinheiro na Terra, alguns que darão ouvidos à mensagem de advertência: "Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna." -- Carta 51, 1902. Ev 560 2 Reis e governadores devem ouvir -- A luz deve ser levada perante reis e perante os grandes homens da Terra, ainda que a recebam da mesma maneira por que o fez Faraó ao testemunho dos servos do Senhor, e perguntem: "Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei?" Ev 560 3 Reis, governadores e grandes homens ouvirão sobre vós por intermédio do testemunho dos que vos são adversários, e vossa fé e vosso caráter serão deturpados diante deles. Mas os que são assim falsamente acusados terão oportunidade de aparecer na presença de seus acusadores a fim de responderem por si mesmos. Terão o privilégio de levar a luz perante aqueles que são chamados os grandes da Terra, e se houverdes estudado a Bíblia, se estiverdes preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que pedir uma razão da esperança que há em vós, vossos inimigos não serão capazes de contradizer vossa sabedoria. -- The Review and Herald, 26 de Abril de 1892. Ev 561 1 Advertir os líderes nacionais -- Os governadores das nações precisam pôr os pés na plataforma da verdade eterna. Não se deixe que, por causa da ignorância, construam sua casa sobre a areia. Esses homens não devem ser adorados como deuses. Eles são responsáveis perante Deus pelo seu procedimento. Terão de responder diante dEle quanto a se tornarem ou não um cheiro de morte para morte para os que se acham sob sua jurisdição. -- Carta 187, 1903. Ev 561 2 Os perigos da prosperidade -- Aprendemos, na história dos homens, quão perigosa é a prosperidade. Não são os homens que perderam o dinheiro e as propriedades os que se encontram em maior risco, mas os que obtiveram fortuna e se acham em alta posição. Estes necessitam de cuidadoso e diligente trabalho. A adversidade pode deprimir, mas a prosperidade eleva à presunção. Ev 561 3 Solicitam-se freqüentemente orações em favor de homens e mulheres que se acham em aflição, e assim deve ser; as mais fervorosas orações, porém, devem ser pedidas em benefício daqueles que se acham colocados em situação próspera. Estes homens estão no maior perigo de perder a alma. No vale da humilhação, é-nos possível andar com segurança, enquanto reverenciamos a Deus e nEle pomos nossa confiança. No exaltado pináculo em que se ouvem os louvores, onde nossa sabedoria e grandeza são aplaudidas, necessitamos de poder especial, um braço especial que nos sustenha. Ev 561 4 Eis o aspecto em que nos cumpre considerar os que não pertencem a nossa fé. Os homens exaltados e louvados precisam de maior auxílio na simplicidade de Cristo, do que recebem. Necessitam de mais fervorosa e perseverante oração, a fim de serem salvos da destruição. -- Carta 72, 1899. Ministros de outras denominações Ev 562 1 Aproximai-vos de ministros de outras denominações -- Nossos ministros devem procurar aproximar-se dos ministros de outras denominações. Orai por estes homens e com eles, por quem Cristo está intercedendo. Pesa sobre eles solene responsabilidade. Como mensageiros de Cristo, cumpre-nos manifestar profundo e fervoroso interesse nestes pastores do rebanho. -- Testemunhos Selectos 2:376 (1900). Ev 562 2 Importância de trabalhar por outros ministros -- Deve-se dispensar o mais prudente e mais firme trabalho aos ministros que não pertencem a nossa fé. Muitos há que não sabem nada melhor do que serem desviados por ministros de outras igrejas. Orem e trabalhem obreiros fiéis, tementes a Deus e fervorosos, cuja vida está escondida com Cristo em Deus, orem e trabalhem, digo, pelos ministros sinceros que foram ensinados a interpretar mal a Palavra da Vida. Ev 562 3 Nossos ministros devem fazer sua obra especial o trabalhar por ministros. Não devem entrar em polêmica com eles mas, com a Bíblia na mão, insistir com eles para que estudem a Palavra. Feito isto, muitos ministros que agora pregam o erro hão de pregar a verdade para este tempo. -- Carta 72, 1899. Ev 562 4 Por que serem eles negligenciados? -- Muito tem sido perdido por nosso povo devido a seguirem planos tão estreitos, que as classes mais inteligentes, mais bem-educadas, não são atingidas. Demasiadas vezes tem a obra sido dirigida de tal maneira, que os incrédulos recebem a impressão de ser ela de bem pouca importância -- um extraviado rebento do entusiasmo religioso, de todo abaixo de sua atenção. Muito se tem perdido por falta de métodos sábios de trabalho. Cumpre fazer todo esforço a fim de dar reputação e dignidade à obra. Ev 562 5 Muita sabedoria é necessária para atingir ministros e homens de influência. Mas por que haviam eles de ser negligenciados como têm sido por nosso povo? Esses homens são responsáveis diante de Deus exatamente na proporção dos talentos a eles confiados. Onde foi dado muito, muito também se pedirá. Não deve haver mais profundo estudo e muito mais oração por sabedoria, para que aprendamos a maneira de aproximar-nos dessas classes? Não se deve usar de sabedoria e tato para conquistar essas almas que, caso sejam verdadeiramente convertidas, serão instrumentos polidos nas mãos de Deus para chegar a outros? ... Caso nos seja possível ganhar para Cristo e a verdade almas a quem Deus confiou grandes aptidões, nossa influência, por intermédio deles, estender-se-á constantemente, e tornar-se-á uma força de vasto alcance para o bem. Ev 563 1 Deus tem a fazer uma obra que os obreiros ainda não compreenderam plenamente. Ministros e homens de saber do mundo têm de ser provados pela luz da verdade presente. A terceira mensagem angélica tem de ser-lhes apresentada judiciosamente, em sua verdadeira dignidade. Importa que haja mais diligente buscar a Deus, mais cabal estudo; pois as faculdades mentais serão exercitadas ao máximo delineando planos que ponham a obra de Deus em mais elevada plataforma. Aí é que ela devia ter estado sempre, mas as idéias estreitas dos homens e seus planos restritos a têm restringido e abaixado. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1890. Ev 563 2 Nem todos aceitarão a verdade -- Depois dos mais diligentes esforços feitos para levar a verdade àqueles a quem Deus confiou grandes responsabilidades, não vos desanimeis se eles rejeitam a verdade. Fizeram o mesmo nos dias de Cristo. Certificai-vos de manter alta a dignidade da obra por bem organizados planos e piedosa conversação. Não penseis que pusestes demasiado alta a norma. -- Carta 12, 1887. Ev 563 3 Falar em outras igrejas -- Talvez tenhais ensejo de falar em outras igrejas. Aproveitando essas ocasiões, lembrai-vos das palavras do Salvador: "Portanto sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas." Não desperteis a malignidade do inimigo com denunciadores discursos. Fechareis assim as portas à verdade. Cumpre apresentar mensagens claras. Guardai-vos, no entanto, de suscitar antagonismo. Muitas almas há a salvar. Refreai toda expressão áspera. Na palavra como na ação, sede prudentes para a salvação, representando Cristo a todos com quem entrardes em contato. Fazei com que todos vejam que tendes os pés calçados com a preparação do evangelho da paz e da boa vontade para com os homens. Maravilhosos são os resultados que havemos de ver se entrarmos na obra imbuídos do Espírito de Cristo. Há de vir-nos auxílio em nossa necessidade, se levarmos avante a obra em justiça, misericórdia e amor. A verdade triunfará, e alcançará a vitória. -- Manuscrito 6, 1902. Trabalhar pela classe média Ev 564 1 Um grupo mais acessível -- Há uma classe mais acessível. Muitos deles são mais dignos que os mais ricos, pois os afortunados nem sempre obtiveram sua riqueza por meio dos mais estritos princípios de integridade. Alguns há que não sacrificariam princípios ou a estrita honestidade a fim de possuir qualquer quantidade de dinheiro. Esta é a classe que, sendo-lhes a verdade apresentada com sabedoria, havia de recebê-la, e daria obreiros dignos de confiança para colaborar com Deus. O obreiro, pela sabedoria dada por Deus, trabalhará de maneira a atrair essas partes, reunindo-as em Cristo Jesus. -- Manuscrito 66, 1894. Ev 564 2 Como as podemos atingir? -- E como alcançar o povo comum? Cristo procurou trabalhar com os mais altos dignitários da nação. Mas eles não O quiseram aceitar, porque Ele lhes dizia a verdade. Esses dignitários possuíam elevada idéia da própria piedade. Não queriam ser instruídos. Julgavam que sua obra era instruir os outros, não serem eles mesmos ensinados. Mas dos pobres, testifica a Escritura: "E a grande multidão O ouvia de boa vontade." "Tu, ó Deus, proveste o pobre da Tua bondade." "O Senhor deu a palavra; grande era o exército dos que anunciavam as boas novas." -- Manuscrito 125, 1897. Ev 565 1 Cristo ia ao encontro de seus pensamentos -- Muito poderemos fazer dentro de pouco tempo, caso trabalhemos como fazia Cristo. Podemos refletir com proveito em Sua maneira de ensinar. Ele buscava ir ao encontro dos pensamentos do povo comum. Seu estilo era claro, simples, compreensivo. Tirava Suas ilustrações das cenas com que os ouvintes estavam mais familiarizados. Pelas coisas da Natureza ilustrava as verdades de importância eterna, ligando assim o Céu e a Terra. -- Manuscrito 24, 1903. Ev 565 2 Estudar a simplicidade de Cristo -- O Salvador veio "pregar o evangelho aos pobres". Em Seus ensinos empregava os termos mais simples e os mais singelos símbolos. E foi dito que "a grande multidão O ouvia de boa vontade". Os que estão buscando fazer Sua obra neste tempo, necessitam mais profunda visão das lições por Ele dadas. -- A Ciência do Bom Viver, 443 (1905). Ev 565 3 O povo do Senhor é na maioria gente comum -- O povo do Senhor é na maioria composto dos pobres deste mundo, do povo comum. Não muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres são chamados. Deus "escolheu ... os pobres deste mundo". "Aos pobres é anunciado o evangelho." Os ricos são chamados em certo sentido; são convidados, mas não aceitam o convite. Mas nessas cidades ímpias o Senhor tem muitos que são humildes, e todavia confiantes. -- Manuscrito 17, 1898. Ev 566 1 Se for acariciada a luz de Deus -- Para Deus não existem castas. Ele desconhece qualquer coisa dessa espécie. Toda alma é valiosa aos Seus olhos. Trabalhar pela salvação das almas é um emprego subidamente honroso. Não importa qual seja a forma de nosso trabalho, ou entre que classe seja, se é alta, se é baixa. À vista de Deus, essas distinções não lhe afetarão o real valor. A alma sincera, fervorosa, contrita, embora ignorante, é preciosa aos olhos do Senhor. Ele coloca Seu selo sobre os homens, julgando-os, não pela categoria que ocupam nem por sua riqueza, ou pela grandeza intelectual, mas por sua unidade com Cristo. O ignorante, o pária, o escravo que haja aproveitado o melhor possível suas oportunidades e privilégios, se tem acariciado a luz que lhe foi dada por Deus, tem feito tudo quanto se exige. O mundo talvez lhe chame ignorante, mas Deus o considera sábio e bom, e assim o nome dele se acha registrado nos livros celestes. Deus o habilitará para O honrar, não somente no Céu mas na Terra. -- Obreiros Evangélicos, 332 (1915). Trabalho pela humanidade caída Ev 566 2 A humanidade caída é nosso campo -- Os indolentes, os dados ao fumo, os adeptos do álcool, são muitos. Mas a verdade deve ir a eles. Ela tem operado maravilhas aqui mesmo [Austrália], e ainda fará grandes coisas. Nossa fé no Senhor Jesus Cristo e na verdade presente não deve ficar apenas com os que recebem a Cristo. Cristo morreu para salvar o mundo, e cumpre-nos trabalhar mais zelosamente no desempenho da parte que nos cabe. É nosso dever olhar à humanidade caída como nosso campo. Deus cuida deles. ... Nenhuma alma deve ser deixada em trevas. -- Carta 76, 1899. Ev 567 1 Alguns ricos degradados a serem salvos -- Nossas grandes cidades estão atingindo rapidamente à condição representada pelo estado do mundo antes do dilúvio, quando "viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente". Os pecados que desonram a Deus são praticados por pessoas que habitam residências magnificentes; mas alguns dentre esse mesmo povo, ante a pregação da última e probante mensagem, ficarão convictos e serão convertidos. Ev 567 2 De seu inexaurível tesouro de graça, pode Deus dotar a todos quantos a Ele forem. Olhando à humanidade caída e degradada, Ele declara que o Espírito Santo será derramado sobre toda carne. Muitos que nunca ouviram as verdades peculiares para este tempo, experimentarão a convicção do Espírito ao escutarem a mensagem de abaladora importância. ... Ev 567 3 Deus suscitará obreiros que ocupem esferas particulares de influência, obreiros que levarão a verdade aos menos promissores lugares. Os homens dirão: "Sim", onde outrora diziam: "Não." Alguns que eram outrora inimigos, tornar-se-ão valiosos auxiliadores, promovendo a obra com seus meios e sua influência. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1902. Ev 567 4 A obra pelos caídos -- Coisa alguma dará tanta reputação, nem poderá dar, à obra na apresentação da verdade como ajudar o povo exatamente onde ele se encontra; como esta obra samaritana. Uma obra devidamente dirigida para salvar os pobres pecadores passados por alto pelas igrejas, será a cunha de entrada onde a verdade encontrará lugar permanente. É preciso estabelecer-se uma ordem diferente de coisas entre nós como um povo, e ao fazer esta espécie de trabalho criar-se-ia uma atmosfera inteiramente diversa, circundando a alma dos obreiros, pois o Espírito Santo aquinhoa a todos os que fazem o serviço de Deus, e os que são movidos pelo Espírito Santo serão uma força para o bem em elevar, fortalecer, e salvar as almas prestes a perecer. -- Manuscrito 14a, 1897. Ev 568 1 Guardar o povo de ficar abandonado -- Devemos usar nossos meios e talentos de influência em proclamar a verdade que evitará que o povo fique abandonado. Se empreendermos a obra, que o Senhor nos deu a fazer, a verdade alcançará por muitas maneiras, muitos dessa classe. Não devemos, porém, negligenciar os ramos de trabalho que o Senhor nos instruiu especialmente quanto a levar avante. Todas as classes têm de ser alcançadas. Ev 568 2 Caso os que trabalham pelos abandonados e caídos trabalhassem no temor do Senhor, esforçando-se por fazer aqueles por quem trabalham compreender o que seja a verdade, muitos desses desprezados se distinguiriam como filhos de Deus. -- Carta 143, 1904. Ev 568 3 Escolha de obreiros para os marginalizados -- Grande cuidado deve tomar-se no trabalho pelos marginalizados. Nem moços nem moças devem ser enviados aos lugares mais aviltados de nossas cidades. Os olhos e os ouvidos dos moços e moças devem ser guardados do mal. Há muita coisa que a juventude pode fazer pelo Mestre. Se vigiarem e orarem e puserem em Deus sua confiança, serão preparados para fazer diferentes espécies de excelente trabalho sob a supervisão de obreiros experientes. -- Medicina e Salvação, 312 (1901). Os estrangeiros em nosso meio Ev 568 4 Alcançar todas as nacionalidades, classes e credos -- Cristo não conhecia distinção de nacionalidade, posição ou credo. Os escribas e fariseus desejavam fazer dos dons celestes um privilégio local e nacional, e excluir o resto da família de Deus no mundo. Mas Cristo veio derrubar todo o muro de separação. Veio mostrar que Seu dom de misericórdia e amor é tão ilimitado como o ar, a luz ou a chuva que refrigera a terra. -- A Ciência do Bom Viver, 25 (1905). Ev 569 1 Estrangeiros em terra estranha -- Nos cortiços e vielas das grandes cidades, nos caminhos solitários do campo, há famílias e indivíduos -- talvez estrangeiros em terra estranha -- que não pertencem a nenhuma igreja, e na solidão chegam a sentir que Deus deles Se esqueceu. Não sabem o que devem fazer para serem salvos. Muitos sucumbem no pecado. Muitos estão acabrunhados. Estão opressos de sofrimentos e vicissitudes, incredulidade e desespero. Acometem-nos doenças de toda espécie, da alma e do corpo. Anelam encontrar consolo para os tormentos, e Satanás tenta-os a procurá-lo nos prazeres e divertimentos que conduzem à ruína e morte. Oferece-lhes os pomos de Sodoma, que se reduzirão a cinzas em seus lábios. Gastam dinheiro naquilo que não é pão, e trabalham por aquilo que não satisfaz. -- Parábolas de Jesus, 232, 233 (1900). Ev 569 2 O desígnio de Deus para os estrangeiros em nossa terra -- Ao passo que se estão elaborando planos para advertir os habitantes de várias nações em terras distantes, muito se deve fazer em benefício dos estrangeiros que vieram ter às praias de nossa própria terra. As almas na China não são mais preciosas do que as que se encontram à sombra de nossas portas. O povo de Deus deve trabalhar fielmente em terras distantes, segundo Sua providência abrir caminho; e devem também cumprir seu dever para com os estrangeiros de várias nacionalidades nas cidades e aldeias e nos distritos rurais vizinhos. Ev 569 3 É bom que os que ocupam posições de responsabilidade estejam agora projetando sabiamente proclamar a terceira mensagem angélica às centenas de milhares de estrangeiros residentes na América. Deus quer que Seus servos cumpram plenamente seu dever para com os inadvertidos milhões das cidades, e especialmente para com os que vieram de todas as nações da Terra a essas cidades de nosso país. Muitos desses estrangeiros, pela providência de Deus, acham-se aqui a fim de terem oportunidade de ouvir a verdade para este tempo. Ev 570 1 Grandes benefícios adviriam à causa de Deus nas regiões distantes, caso se fizessem fiéis esforços em favor desses estrangeiros que habitam nas cidades de nossa pátria. Acham-se entre esses homens e mulheres alguns que, ao aceitarem a verdade, habilitar-se-iam em breve para trabalhar por seu próprio povo neste e em outros países. Muitos poderiam volver ao lugar de onde vieram, na esperança de ganharem seus amigos para a verdade. Poderiam procurar seus parentes e vizinhos, e comunicar-lhes o conhecimento da terceira mensagem angélica. -- The Review and Herald, 29 de Outubro de 1914. Ev 570 2 Um meio de estender a obra a todas as nações -- Deus Se agradaria de ver muito mais realizado por Seu povo na apresentação da verdade para este tempo aos estrangeiros residentes na América, do que se tem feito até aqui. ... Como tenho testificado durante anos, caso fôssemos prontos em discernir as portas abertas pela providência de Deus, seríamos capazes de ver nas oportunidades que se multiplicam para nos aproximarmos de muitos estrangeiros domiciliados na América um meio divinamente designado para estender rapidamente a terceira mensagem angélica a todas as nações da Terra. Em Sua providência, Deus tem trazido os homens a nossas próprias portas, lançando-os, por assim dizer, em nossos braços, para que aprendam a verdade, e sejam habilitados a fazer uma obra que não nos seria possível fazer em levar a luz ao povo de outras línguas. Ev 570 3 Acha-se diante de nós uma grande obra O mundo tem de ser advertido. A verdade tem de ser traduzida em muitas línguas, a fim de que todas as nações possam fruir sua influência pura e vitalizante. Esta obra requer o exercício de todos os dons que Deus nos confiou à guarda -- a pena, a imprensa, a voz, o dinheiro e as santificadas afeições da alma. Cristo nos fez embaixadores a fim de darmos a conhecer Sua salvação aos filhos dos homens; e se estivermos revestidos com a justiça de Cristo e cheios do gozo da presença de Seu Espírito, não poderemos ficar em silêncio. -- The Review and Herald, 29 de Outubro de 1914. Ev 571 1 À sombra de nossas portas -- A mensagem precisa ser dada aos milhares de estrangeiros que vivem nessas cidades, no campo nacional. ... Ev 571 2 Quem sente seriamente a preocupação de ver a mensagem proclamada na Grande Nova Iorque e nas muitas outras cidades até aqui não trabalhadas? Nem todo o dinheiro que se possa reunir tem de ser mandado da América para as terras distantes, enquanto no campo nacional há tão providenciais oportunidades de apresentar a verdade a milhões de almas que nunca a ouviram. Entre esses milhões, encontram-se os representantes de muitas nações, muitos dos quais estão preparados para receber a mensagem. Resta muito a fazer à sombra de nossas portas -- nas cidades da Califórnia, Nova Iorque e muitos outros Estados. ... Ev 571 3 Despertai, despertai, irmãos e irmãs meus, e entrai nos campos da América ainda não trabalhados. Depois de haverdes dado alguma coisa para os campos estrangeiros, não julgueis estar cumprido o vosso dever. Há uma obra a realizar nos campos estrangeiros, mas há uma obra a fazer na América, obra da mesma importância. Nas cidades americanas existem pessoas de quase todas as línguas. Estas necessitam da luz que Deus deu a Sua igreja. -- Testimonies for the Church 8:34-36 (1904). Ev 571 4 Regozijamo-nos de que os esforços feitos pelos pioneiros entre os estrangeiros residentes nos Estados Unidos e no Canadá tenha produzido farta messe de almas. -- The Review and Herald, 29 de Outubro de 1914. Ev 572 1 Bases citadinas para a obra estrangeira -- Viajamos para ver a recém-estabelecida Missão Sueca, em Oak Street [Chicago]. Foi-nos aí mostrado um edifício que nossos irmãos suecos, sob a direção do Pastor _____, adquiriram ultimamente para sede de seu trabalho em Chicago. O prédio tem bom aspecto. No porão, eles têm um bem aparelhado restaurante vegetariano. No primeiro andar há uma aprazível e cômoda sala para as reuniões, com assentos confortáveis para uma congregação de cerca de cento e cinqüenta pessoas, e os dois andares superiores estão alugados a moradores. Alegrei-me deveras ao ver esta demonstração de progresso na obra sueca em Chicago. Ev 572 2 Há grande obra a fazer pelo povo de todas as nações nas grandes cidades da América, e pontos de reunião como esse podem ser de grande benefício no sentido de atrair a atenção do povo, e no preparo de obreiros. Em toda cidade grande da América há povo de diferentes nacionalidades, o qual precisa ouvir a mensagem para este tempo. Anseio ver provas de que os ramos de trabalho delineados pelo Senhor estão sendo desinteressadamente empreendidos. Obra semelhante à que está sendo efetuada em Chicago pelo povo sueco, deve ser feita em muitos lugares. -- The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1905. Ev 572 3 Empregar métodos cuidadosos -- Há um homem que tem estado a trabalhar em _____, ... e nós trabalhamos com ele, e buscamos com o maior zelo ajudá-lo a empenhar-se na obra, não como um lutador, contendendo e debatendo, como era seu costume, afugentando o povo da verdade em vez de atraí-lo para ela. Ele viu que pregávamos a verdade, não de maneira tempestuosa; não atacando o povo com acusações, como saraiva. ... Ev 573 1 Esse irmão ... disse haver recebido muita luz, e que havia de trabalhar de modo inteiramente diverso daquele por que o fizera. Os _____ são um povo excitável. Põem de repente todas as faculdades em operação e, em grande excitação, exclamam: "É isto assim? Que fareis? Guardareis o sábado? Dizei Sim ou Não!" São tão cortantes como navalha, [e], cortam as orelhas do povo, ... e isto é o fim do negócio no que respeita a convertê-los à verdade. Ev 573 2 Agora, temos que trabalhar com esses homens, que são realmente inteligentes, da mesma maneira que trabalhamos com eles, um por um, na infância da obra adventista do sétimo dia; tirando dessas preciosas almas seus caminhos e maneiras não santificados; falando com eles acerca de Jesus, de Seu grande amor, Sua mansidão, humildade e abnegação. Essas pedras rudes, trazemos, se possível, à oficina de Deus, onde serão talhadas e adaptadas, tirar-se-lhes-ão as arestas, e serão polidas sob a mão divina, até que se tornem pedras preciosas no templo de Deus e sejam pedras vivas que emitam luz. Assim poderão elas crescer para templo santo de Deus. -- Carta 44, 1886. Ev 573 3 Publicações em todas as línguas -- Dar a todas as nações a mensagem de advertência -- eis o que deve ser o objetivo de nossos esforços. ... De cidade em cidade e de país em país, devem eles levar as publicações portadoras da promessa da vinda próxima do Salvador. Essas publicações devem ser traduzidas em toda língua; pois a todo o mundo deve o evangelho ser pregado. -- The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1905. Aproximar-se dos católicos Ev 573 4 Cuidar de nossa maneira de aproximar-nos -- Não devemos, ao entrar em um lugar, criar barreiras desnecessárias entre nós e outras denominações, especialmente os católicos, de maneira que eles pensem que somos declarados inimigos seus. Não devemos suscitar preconceito desnecessariamente em seu espírito, fazendo ataques contra eles. ... Pelo que Deus me tem mostrado, grande número será salvo dentre os católicos. -- Manuscrito 14, 1887. Ev 574 1 Uma obra cautelosa -- Sede cautelosos em vossos labores, irmãos, não ataqueis com demasiado vigor os preconceitos do povo. Não se deve sair do caminho para investir contra outras denominações; pois isto só cria um espírito combativo, e cerra ouvidos e corações à entrada da verdade. Temos nossa obra a fazer, a qual não é derribar, mas construir. Temos de reparar a brecha feita na lei de Deus. A obra mais nobre, é edificar, apresentar a verdade em seu vigor e poder, e deixar que ela abra caminho através de preconceitos e revele o erro em contraste com a verdade. Ev 574 2 Há perigo de que nossos ministros digam demasiado contra os católicos e provoquem contra si mesmos os mais fortes preconceitos dessa igreja. Muitas almas há, na fé católica romana, que olham com interesse a este povo; mas o poder do padre sobre seu rebanho é grande, e se, por seus argumentos, pode prevenir o espírito do povo para se manter afastado, de modo que, ao ser-lhe exposta a verdade quanto às igrejas caídas, não lhe dê ouvidos, ele certamente o fará. Mas como coobreiros de Deus, são-nos providas armas espirituais poderosas para derribar as fortalezas do inimigo. -- Carta 39, 1887. Ev 574 3 Evitar acusações maldosas -- Que aqueles que escrevem em nossas revistas não dirijam rudes ataques e alusões que por certo hão de causar dano, e que obstruirão o caminho e nos impedirão de fazer a obra que devemos fazer a fim de alcançar todas as classes, inclusive os católicos. É nossa obra falar a verdade em amor, e não misturar com a verdade os elementos não santificados do coração natural, e falar coisas que se assemelhem ao mesmo espírito possuído por nossos inimigos. Todas as ásperas acusações recairão sobre nós em medida dupla, quando o poder estiver nas mãos dos que o podem exercer para nosso dano. Muitas e muitas vezes me foi dada a mensagem de que não devemos, a menos que isso seja positivamente necessário para vindicar a verdade, dizer, especialmente em relação a pessoas, uma palavra nem publicar uma sentença que possa instigar nossos inimigos contra nós, e despertar suas paixões até à incandescência. ... Ev 575 1 É verdade que nos é ordenado: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. Esta mensagem tem de ser dada, mas conquanto tenha de ser dada, devemos ter cuidado em não acusar, e apertar e condenar os que não possuem a luz que nós possuímos. Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são conscienciosíssimos cristãos, que andam em toda a luz que sobre eles brilha, e Deus operará em seu favor. Os que têm tido grandes privilégios e oportunidades, e que não têm aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais, mas antes vivido para agradar-se a si mesmos, e se têm recusado a desempenhar-se da sua responsabilidade, esses estão em maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os que se acham em erro no que respeita à doutrina, mas que não obstante procuram viver para fazer bem aos outros. Não censureis outros; não os condeneis. -- Obreiros Evangélicos, 326-329 (1909). Ev 575 2 Fechar a porta em seu rosto -- Pregai a verdade, mas refreai palavras que manifestem um espírito áspero; pois tais palavras não podem ajudar ou esclarecer a ninguém. O Echo é um periódico que deve ser amplamente disseminado. Nada façais que lhe prejudique a venda. Não há razão por que ele não seja como a luz brilhando em lugar escuro. Mas, por amor de Cristo, dai ouvidos às admoestações dadas quanto a não fazer demolidoras observações quanto aos católicos. Muitos deles lêem o Echo, e entre estes há almas sinceras que hão de aceitar a verdade. Mas fazem-se coisas que são como fechar-lhes a porta no rosto quando estão a ponto de entrar. Ponde no Echo mais animadores testemunhos de ação de graças. Não lhe obstruais o caminho, impedindo-o de ir a toda parte do mundo por torná-lo mensageiro de expressões duras. Satanás se regozija quando se encontra em suas páginas uma palavra mordaz. -- Counsels to Writers and Editors, 45 (1896). Ev 576 1 Exponde o engano pela apresentação da verdade -- Importa fazerem-se decididas proclamações. A respeito dessa espécie de trabalho, porém, sou instruída a dizer a nosso povo: Sede cautelosos. Ao apresentar a mensagem, não façais investidas pessoais a outras igrejas, nem mesmo à católica romana. Os anjos de Deus vêem nas diversas denominações muitos que só podem ser alcançados com a maior precaução. Sejamos, portanto, cuidadosos com nossas palavras. Não sigam nossos ministros os próprios impulsos em acusar e expor os "mistérios da iniqüidade". Sobre esses temas, o silêncio é eloqüente. Muitos se acham enganados. Falai a verdade em tons e palavras de amor. Cristo Jesus seja exaltado. Apegai-vos à afirmativa da verdade. Nunca deixeis a vereda reta traçada por Deus, no intuito de fazer um ataque a alguém. Esse ataque poderá causar muito dano mas nenhum bem. Poderá extinguir a convicção em muitos espíritos. Deixai que a Palavra de Deus, que é a verdade, conte a história da incoerência dos que se acham no erro. Ev 576 2 Não se pode esperar que o povo veja imediatamente a vantagem da verdade sobre o erro que têm acariciado. O melhor meio de expor a falácia do erro é apresentar as provas da verdade. Isto é a maior repreensão que se possa dar ao erro. Dissipai a nuvem de obscuridade que paira sobre o espírito, refletindo a brilhante luz do Sol da Justiça. -- Manuscrito 6, 1902. Ev 577 1 Talvez tenhamos menos para dizer -- Há necessidade de um estudo mais acurado da Palavra de Deus; especialmente Daniel e Apocalipse devem merecer atenção, como nunca dantes na história de nossa obra. Talvez tenhamos menos a dizer a certos respeitos, quanto ao poder romano e ao papado, mas devemos chamar atenção ao que os profetas e apóstolos escreveram pela inspiração do Espírito de Deus. O Espírito Santo tem moldado os assuntos, tanto no dar a profecia, como nos acontecimentos descritos, de forma a ensinar que o instrumento deve ser mantido fora de vistas, oculto em Cristo, e o Senhor Deus do Céu e Sua lei devem ser exaltados. -- Counsels to Writers and Editors, 45, 46 (1896). Ev 577 2 A verdade ilustrada atrai os católicos -- O Pastor S. está despertando bom interesse por suas reuniões. Gente de todas as classes vão ouvir, e ver as imagens de tamanho natural que ele tem dos animais de Apocalipse. Grande número de católicos vai ouvi-lo. Muito de sua pregação são palavras textuais da Bíblia. Usa o mínimo possível de suas próprias palavras. De modo que se os ouvintes combaterem o que ele diz, combatem contra a Palavra de Deus. -- Carta 352, 1906. Ev 577 3 Ninguém precisa pensar que os católicos se acham fora de seu alcance. -- Manuscrito 14, 1887. Grande colheita dentre os judeus Ev 577 4 Os judeus sendo contados com o Israel de Deus -- Nesta nossa época, vemos os gentios começarem a se regozijar com os judeus. Há conversos judeus ora trabalhando em _____ e em várias outras cidades, em favor de seu próprio povo. Os judeus estão vindo para as fileiras dos escolhidos seguidores de Deus, e estão sendo contados com o Israel de Deus nestes dias finais. Assim alguns deles serão mais uma vez reintegrados com o povo de Deus e as bênçãos do Senhor repousarão ricamente sobre eles, se chegarem à posição de regozijo apresentada na Escritura: "E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, com o Seu povo." -- Manuscrito 95, 1906. Ev 578 1 Muitos virão à luz -- Há uma poderosa obra a ser feita no mundo. O Senhor declarou que os gentios serão recolhidos, e não somente os gentios, mas os judeus. Há entre os judeus muitos que serão convertidos e por meio de quem veremos a salvação de Deus sair como lâmpada ardente. Há judeus por toda parte, e a eles deve ser levada a luz da verdade presente. Há entre eles muitos que virão para a luz, e que proclamarão a imutabilidade da lei de Deus com admirável poder. O Senhor Deus operará. Fará coisas maravilhosas em justiça. -- Manuscrito 87, 1907. Ev 578 2 Os judeus em muitas terras -- Tem sido para mim coisa estranha que tão poucos se sintam preocupados com o trabalho pelo povo judeu, disperso por tantas terras. Cristo estará convosco ao buscardes fortalecer vossas faculdades perceptivas, a fim de verdes mais claramente o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. As faculdades adormecidas do povo judeu devem ser despertadas. As Escrituras do Antigo Testamento, misturadas com as do Novo, serão para eles como o alvorecer de uma nova criação, ou como a ressurreição da alma. Avivar-se-á a memória ao verem Cristo descrito nas páginas do Antigo Testamento. Salvar-se-ão almas dentre a nação judaica, ao serem as portas do Novo Testamento descerradas com a chave do Antigo Testamento. Cristo será reconhecido como o Salvador do mundo, ao ver-se quão claramente o Novo Testamento explica o Antigo. Muitos dos judeus hão de, pela fé, aceitar a Cristo como seu Redentor. -- Carta 47, 1903. Ev 579 1 Judeus convertidos na finalização da obra -- Haverá muitos conversos entre os judeus, e esses conversos ajudarão a preparar o caminho do Senhor, e fazer no deserto caminho direto para nosso Deus. Judeus conversos hão de ter parte importante a desempenhar nos grandes preparativos a serem feitos no futuro para receber a Cristo, nosso Príncipe. Nascerá uma nação em um dia. Como? Por homens que Deus designou se converterem à verdade. Ver-se-á "primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga". Cumprir-se-ão as predições da profecia. -- Manuscrito 75, 1905. Evangelismo infantil Ev 579 2 Crianças dispostas a ouvir e aceitar -- Nas crianças que foram postas em contato com Ele, Jesus viu os homens e as mulheres que deviam ser herdeiros de Sua graça, e súditos de Seu reino, e alguns dos quais se tornariam mártires por amor dEle. Sabia que essas crianças haviam de Lhe dar ouvidos e aceitá-Lo como Seu Redentor muito mais prontamente do que o fariam os adultos, alguns dos quais eram sábios segundo o mundo e endurecidos de coração. Ensinando, Ele descia ao seu nível. Ele, a Majestade do Céu, respondia-lhes às perguntas, e simplificava Suas importantes lições para alcançar-lhes o infantil entendimento. Plantava-lhes no espírito a semente da verdade que, nos anos por vir, brotaria e daria frutos para a vida eterna. Ev 580 1 Quando Jesus disse aos discípulos que não impedissem as crianças de ir a Ele, estava falando a Seus seguidores de todos os séculos -- aos oficiais da igreja, aos pastores, auxiliares, e a todos os cristãos. Jesus está atraindo as crianças, e nos manda: "Deixai-as vir"; como se quisesse dizer: "Elas virão, caso as não impeçais." Ev 580 2 Não deixeis que vosso caráter não cristão represente mal a Jesus. Não conserveis os pequeninos afastados dEle pela vossa frieza e aspereza. Nunca lhes deis motivo de pensar que o Céu não seria um lugar aprazível para eles, se lá estivessem. Não faleis de religião como de uma coisa que as crianças não possam compreender, nem procedais como se não se esperasse delas que aceitassem a Cristo em sua infância. Não lhes deis a falsa impressão de que a religião de Cristo seja uma religião sombria, e que, indo ao Salvador, elas devem renunciar a tudo quanto faz a vida agradável. Ev 580 3 Ao tocar o Espírito Santo o coração das crianças, cooperai com Sua obra Ensinai-lhes que o Salvador as está chamando, que coisa alguma Lhe poderá causar maior alegria do que se entregarem a Ele na florescência e vigor de seus anos. Ev 580 4 O Salvador considera com infinita ternura as almas que Ele comprou com Seu sangue. São a reivindicação de Seu amor. Ele as olha com inexprimível anelo. Seu coração se dilata, não somente para as mais bem-educadas e mais atrativas crianças, mas para as que, por herança ou negligência, têm objetáveis traços de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 42-44 (1905). Ev 580 5 As impressões da infância influenciam a vida posterior -- As lições ensinadas às crianças e aos jovens produzem sobre sua mente impressões que influenciam seu caráter em grau muito maior do que o imaginam os adultos. Em minha infância um ministro que chegou à casa de meu pai em Portland, Maine, leu em Atos o capítulo que narra o livramento de Pedro, quando um anjo de Deus tomou a presa ao inimigo que determinara destruí-lo. O capítulo foi lido devagar e solenemente, e causou em minha mente infantil uma impressão que conservou a narração vívida diante de mim até ao dia de hoje. Ev 581 1 Ora, segundo a luz que me foi dada por Deus, sei que, como um povo, não temos aproveitado nossas oportunidades para a educação e preparo da mocidade. Devemos ensinar-lhes a ler e entender as Escrituras. Sempre que há um curso bíblico para os ministros e o povo, devemos, em ligação com ele, organizar uma classe para a juventude. Seus nomes devem ser registrados. Todos devem sentir a importância do plano de educar os jovens para compreenderem as Escrituras. Seja a obra empreendida na singeleza da própria verdade. Dirigi a mente dos jovens de verdade para verdade, mais e mais alto, mostrando-lhes como texto explica texto, sendo uma passagem a chave de outras passagens. Assim a própria Escritura será o poder educador, levando os pensamentos cativos a Cristo. -- Carta 27a, 1892. Ev 581 2 Reuniões de crianças em séries de conferências -- O terceiro anjo está a voar pelo meio do céu, e leva em sua bandeira a inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Em todo lugar em que se arma uma tenda, devem-se fazer desde o princípio diligentes esforços para pregar o evangelho aos pobres e curar os doentes. A obra de dar vista espiritual aos cegos tem ajuntado muitas almas a nosso número daqueles que se hão de salvar. Ev 582 1 As reuniões para crianças devem realizar-se, não meramente para educá-las e entretê-las, mas a fim de que possam converter-se. E isto se dará. Se exercermos fé em Deus, seremos habilitados a mostrar-lhes o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Deve-se trabalhar por todos os que assistem às nossas reuniões maiores. Os altos e os baixos, ricos e pobres, devem ser alcançados por esta espécie de trabalho. -- Manuscrito 6, 1900. Ev 582 2 O amor atrai as crianças a Cristo -- Por vossa maneira de tratar com os pequenos, podeis pela graça de Cristo moldar-lhes o caráter para a vida eterna, ou por um modo errado de proceder podeis imprimir-lhes um caráter satânico. Nunca procedais seguindo a um impulso, no governo das crianças. Una-se o afeto à autoridade. Acariciai e cultivai tudo que é bom e amável, e levai-os a desejar o mais alto bem, mediante o revelar-lhes Cristo. Ao mesmo tempo que lhes negais as coisas que lhes seriam nocivas, levai-os a verem que os amais e quereis torná-los felizes. Quanto mais destituídos de atrativos eles são, tanto mais vos deveis esforçar por lhes revelar vosso amor a eles. Se a criança tem confiança de que a quereis tornar feliz, o amor derribará toda barreira. Este é o princípio do trato do Salvador com os homens; é o princípio que tem de ser introduzido na igreja. -- Carta 23a, 1893. Ev 582 3 Bem planejado esforço em favor das crianças -- O interesse aqui [na Austrália] em nossas reuniões campais excede a tudo que já vimos em qualquer reunião na América ou em qualquer outra terra. Mesmo nos dias feriados, com todos os seus excitantes divertimentos, tivemos em dias de semana até mil e duzentas pessoas na tenda -- pessoas fervorosas e inteligentes. Vêm muitas crianças de pessoas não da igreja. No domingo passado estiveram presentes cerca de quatrocentos na reunião das crianças. Estas reuniões estão sob direção da irmã _____. Ela arrumou as crianças em classes sob a direção de professores, a quem ela instrui, ajudando-os no trabalho. São seguidos os métodos do jardim da infância, tanto quanto possível. ... Ev 583 1 O dinheiro despendido em Carros Evangélicos poderia ter sido muito melhor usado se empregado em alguma coisa sólida e permanente. É verdade que os Carros Evangélicos realizarão algum bem. Mas vi que haveria decepção quanto aos resultados finais. Em contraste com isso, outra obra me foi apresentada à vista. Nas estações apropriadas do ano eram levadas tendas a diferentes lugares. Realizavam-se reuniões campais em muitas localidades. Eram dirigidas por homens capazes, tementes a Deus, ajudados por auxiliares habilitados. Realizavam-se reuniões infantis e reuniões de avivamento, para levar o povo a colocar-se ao lado da verdade. ... Ev 583 2 Nessa reunião campal tem sido feito exatamente o trabalho devido. As reuniões infantis, ou jardim da infância bíblico, têm realizado boa obra. As lições dadas são repetidas pelas crianças em seus lares, e as mães mostram seu interesse preparando primorosamente as crianças para a escola. A maioria são filhos de pessoas não da nossa fé. As sementes da verdade bíblica têm caído no solo do coração. Não é tarefa fácil, mas está dando bons resultados. Fazem-se impressões no coração dos pais e seus filhos. O grande dia de Deus revelará o bem que essas reuniões têm realizado. É este um campo vasto a ser cultivado. Seja continuado este trabalho. Onde melhor poderão ser usados os talentos? Esses obreiros semeiam para terem uma colheita. ... Homens, mulheres e crianças estão ansiosos por saber o que fazer para herdar a vida eterna. -- Carta 2, 1899. Ev 584 1 Lições da natureza -- As reuniões para as crianças realizavam-se duas vezes ao dia. Depois da lição da manhã, nos dias de bom tempo, professores e crianças faziam um longo passeio, e durante o mesmo, pela margem do rio, ou nos campos relvosos, fazia-se alto, sendo ministrada breve lição sobre a Natureza Era de notar que nos dias em que as crianças haviam tido uma excursão pelo campo, ficavam bem quietas e ordeiras no acampamento. A assistência às reuniões matinais quando só as crianças do acampamento se achavam presentes, era de trinta. À tarde, quando vinham as da escola da vizinhança, havia de cinqüenta a sessenta. -- Manuscrito 27, 1895. Ev 584 2 Alcançar os pais por meio dos filhos -- Nossas reuniões campais são dos mais importantes instrumentos em nossa obra. Em todas as reuniões campais deve-se fazer trabalho pelas crianças. Dê-se a obreiros aptos o cuidado de educar constantemente as crianças. Pedi a bênção do Senhor sobre a semente semeada, e a convicção do Espírito de Deus tomará posse mesmo dos pequeninos. Por meio dos filhos, muitos pais serão alcançados. -- Manuscrito 52, 1900. Os que se encontram em centros de turismo Ev 584 3 Por que Jesus escolheu Cafarnaum -- Durante Seu ministério terrestre, o Salvador aproveitou as oportunidades que se ofereciam nos grandes centros de passagem de viajantes. Era em Cafarnaum que Jesus morava nos intervalos de Suas viagens para lá e para cá, e ela chegou a ser conhecida como "Sua cidade". Esta cidade adaptava-se bem a servir de centro para a obra do Salvador. Situada na estrada de Damasco para Jerusalém e o Egito, bem como para o Mar Mediterrâneo, era uma grande via de comunicação. Gente de muitas terras passava pela cidade, ou aí se detinha para descansar em suas jornadas de um lado para outro. Aí podia Jesus encontrar todas as nações e gente de todas as posições -- os ricos e grandes, da mesma maneira que os pobres e humildes; e Suas lições podiam ser levadas a outros países e a muitos lares. Estimular-se-ia assim a investigação das profecias; seria chamada atenção para o Salvador, e Sua missão levada perante o mundo. -- Testimonies for the Church 9:121 (1909). Ev 585 1 Prender a atenção da multidão -- Nas famosas estâncias de saúde e centros de turismo, apinhadas com muitos milhares dos que andam em busca de saúde e de prazer, devem postar-se ministros e colportores capazes de prender a atenção de multidões. Vigiem os obreiros as ocasiões de apresentar a mensagem para este tempo, e realizar reuniões quando se lhes oferecer oportunidade. Aproveitem eles prontamente os ensejos de falar ao povo. Acompanhados pelo poder do Espírito Santo, vão ao encontro do povo com a mensagem dada por João Batista: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus." Mateus 3:2. A Palavra de Deus tem de ser apresentada com clareza e poder, de modo que os que têm ouvidos para ouvir, ouçam a verdade. Assim será o evangelho da verdade presente posto no caminho daqueles que o não conhecem, e não poucos o receberão, levando-o a seu próprio lar em todas as partes do mundo. -- Testimonies for the Church 9:122 (1900). Ev 585 2 Reuniões em tenda nos grandes centros de turismo -- Reuniões em tendas precisam ser efetuadas em tantos dos grandes centros de turismo, longe e perto, quantos a Associação _____ possa atingir com os obreiros de que dispõe. Se nunca houve necessidade de despertar para a importância do trabalho em lugares assim, essa necessidade existe agora. -- Carta 138, 1902. Ev 586 3 Onde o povo vai e vem -- É preciso fazer-se uma obra especial em lugares onde o povo está constantemente indo e vindo. Cristo trabalhou grande parte do tempo em Cafarnaum, porque ela era um lugar por onde os viajantes passavam constantemente, e onde muitos com freqüência se demoravam. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1906. Ev 586 1 Obreiros para centros de turismo -- É difícil encontrar moços e moças capazes, que entrem nas cidades e efetuem serviço eficaz. Nesses centros de turistas, aonde muitos viajantes vão em busca de saúde e prazeres, necessitamos grandemente de moços cabalmente baseados na verdade da terceira mensagem angélica, que andem no meio do povo, e os ajudem, dizendo uma palavra a seu tempo a um, e proporcionando conforto a outro. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1906. A reunião em praça pública Ev 586 2 Alcançar alguns mediante reuniões ao ar livre -- As cidades devem ser mais trabalhadas. Lugares há em que o povo pode ser mais facilmente alcançado por meio de reuniões ao ar livre. Muitos há que podem fazer essa espécie de trabalho, mas precisam revestir-se de toda a armadura da justiça. Somos por demais delicados em nossa obra; todavia a propriedade e o bom senso são necessários. -- An Appeal for Missions, 15 (1898). Ev 586 3 Problemas dos que vão e vêm -- Estas reuniões [ao ar livre] podem ser realizadas às vezes, e em ocasiões especiais serão o melhor meio de alcançar o povo; mas tornar este um sistema regular de trabalho não surtirá, presentemente, os resultados desejados. O obreiro não poderá provar plenamente seu ministério. Um sermão ou discurso casual pode levar os ouvintes a uma cadeia de pensamentos que poderá, mediante outras circunstâncias que possam influir, resultar em sua conversão; mas são raros esses casos. -- Gospel Workers, 339, 340 (1892). Ev 587 1 Nas reuniões ao ar livre não se pode fazer aquela obra completa em concluir o trabalho para que ele possa apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Por vezes pode-se realizar grande bem por esta espécie de trabalho. Em regra, porém, é melhor chegar ao povo por outro modo. -- Carta 2, 1885. Ev 587 2 A apresentação de Cristo em família, no lar, e em pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-sucedida em atrair almas para Jesus, do que sermões feitos ao ar livre, às multidões em movimento, ou mesmo em salões ou igrejas. -- Obreiros Evangélicos, 193 (1915). Ev 587 3 Reuniões de temperança ao ar livre -- Devemos estar em atividade nos cantos escuros da Terra. ... Tenho estado freqüentemente ao ar livre para falar a grupos de pessoas que se reúnem para me ouvir. Tenho visto senhoras com crianças nos braços, ficarem de pé por uma hora para ouvir-me. Havia homens e mulheres em todo o redor. Perguntei-lhes: "Quantos de vocês têm uma fé esclarecida em Jesus Cristo? Quantos são cristãos? Os que forem, levantem a mão." Nem uma mão se ergueu. Não necessitariam eles de Cristo? Não necessitariam de conhecimento da verdade? Não necessitariam de aprender lições de temperança? Sim, na verdade. Ev 587 4 Deus quer que estejamos onde nos seja possível advertir o povo. Ele quer que empreendamos o assunto da temperança. Por hábitos errôneos no comer e beber, os homens estão destruindo a faculdade que têm de pensar, e a inteligência. Não precisamos pegar um machado e penetrar em seus bares. Possuímos arma mais forte do que isto -- a Palavra do Deus vivo. Esta abrirá caminho por entre a sombra infernal que Satanás procura lançar através de seu caminho. Deus é forte e poderoso. Falar-lhes-á ao coração. Temo-Lo visto proceder assim. Temos visto almas trazidas à verdade. -- The General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901. ------------------------Capítulo 18 -- Lidar com a falsa ciência, e com os falsos cultos, ismos e sociedades secretas Satanás ganha terreno por meio de falsas doutrinas Ev 589 1 O erro tira sua vida da verdade -- Satanás tem operado com poder enganador, introduzindo uma multiplicidade de erros que obscurecem a verdade. O erro não pode subsistir por si mesmo, e se extinguiria de pronto, não se apegasse como parasita à árvore da verdade. O erro tira sua vida da verdade de Deus. As tradições dos homens, como germes que pairam no ar, agarram-se à verdade de Deus, e os homens as consideram como parte da verdade. Mediante falsas doutrinas, Satanás consegue terreno onde firmar-se, e cativa a mente dos homens, fazendo com que se apeguem a teorias que não têm fundamento na verdade. Eles ensinam ousadamente como doutrinas mandamentos de homens; e à medida que a tradição caminha de século para século, vai adquirindo poder sobre o espírito humano. O tempo, todavia, não torna o erro verdade, tampouco seu peso opressivo faz com que a planta da verdade se mude em parasita. A árvore da verdade dá seu próprio, genuíno fruto, mostrando sua verdadeira origem e natureza. A parasita do erro também produz seu fruto, e torna manifesto que seu caráter é diverso da planta de origem celeste. Ev 589 2 É pelas falsas teorias e as tradições, que Satanás obtém poder sobre a mente do homem. Podemos ver a que ponto ele exerce seu poder, pela deslealdade que prevalece no mundo. Mesmo as igrejas que professam cristianismo, têm-se desviado da lei de Jeová, e erguido uma falsa norma. Satanás tem posto a mão em tudo isto; pois dirigindo os homens por normas falsas, deturpa o caráter, e faz com que a humanidade o reconheça como supremo. Ele trabalha contra a Santa lei de Deus, e nega a jurisdição divina. Toda má obra tem sua origem no trono dele, e é ali que encontra apoio. -- The Review and Herald, 22 de Outubro de 1895. Ev 590 1 Caminhos divergentes da verdade e do erro -- Os anjos de Satanás são sábios para fazer o mal, e engendrarão aquilo que alguns pretenderão que seja luz avançada, proclamando-a como nova e maravilhosa; mas ao passo que, em alguns respeitos a mensagem pode ser verdade, estará misturada de invenções humanas, e ensinará por doutrina mandamentos de homens. Se já houve tempo em que devêssemos vigiar e orar com sincero fervor, esse tempo é agora. Muitas coisas aparentemente boas terão que ser cuidadosamente consideradas com muita oração, pois são especiosos ardis do inimigo para levar as almas a um caminho tão contíguo à vereda da verdade, que dificilmente poderá ser distinguido dela. Os olhos da fé, porém, podem discernir que ele diverge, se bem que quase imperceptivelmente, da senda reta. A princípio talvez se pense que ele é positivamente direito, mas depois de algum tempo, vê-se que diverge largamente do caminho que conduz à santidade e ao Céu. Meus irmãos, advirto-vos a fazer retas veredas para os vossos pés, para que o coxo se não desvie do caminho. -- Manuscrito 82, 1894. Ev 590 2 Heresias ora apresentadas como doutrinas bíblicas -- É chegado o tempo em que não podemos confiar nas doutrinas que nos chegam aos ouvidos, a menos que vejamos que se harmonizam com a Palavra de Deus. Há heresias perigosas, que serão apresentadas como doutrinas bíblicas; e cumpre-nos familiarizar-nos de tal maneira com a Bíblia, que as saibamos enfrentar. A fé de todo indivíduo será provada, e cada um passará por uma prova de rigorosa crítica. -- The Review and Herald, 3 de Maio de 1887. Ev 591 1 Satanás emprega mal a escritura -- Todos se devem familiarizar com a Palavra de Deus; porque Satanás perverte e cita erradamente a Escritura, e os homens seguem-lhe o exemplo, apresentando parte da Palavra de Deus aos que desejam levar por falsas veredas, retendo a parte que lhes estragaria os planos. Todos têm o privilégio de familiarizar-se com um claro "Assim diz o Senhor". ... Ev 591 2 Há falsos pastores que farão e dirão coisas perversas. As crianças devem ser instruídas de maneira que estejam familiarizadas com a Palavra de Deus, e habilitadas a saber quando parte de um texto é lida e parte deixada por ler a fim de causar uma falsa impressão. -- Manuscrito 153, 1899. Ev 591 3 Erros introduzidos por líderes religiosos -- Tendo a Bíblia aberta diante de si, e professando respeitar-lhe os ensinos, muitos dos líderes religiosos de nossa época estão destruindo a fé nela como Palavra de Deus. Ocupam-se em dissecar a Palavra, e estabelecer as próprias opiniões acima de suas declarações positivas. A Palavra de Deus perde, em suas mãos, o poder regenerador. É por isso que a incredulidade campeia, e reina a iniqüidade. Ev 591 4 Depois de minar a fé na Bíblia, Satanás encaminha os homens a outras fontes em busca de luz e poder. Assim se insinua ele. Os que se desviam dos claros ensinos da Escritura, e do poder convincente do Espírito Santo de Deus, estão convidando o domínio dos demônios. A crítica e as especulações concernentes às Escrituras, têm aberto o caminho ao espiritismo e à teosofia -- essas formas modernas do antigo paganismo -- para conseguir firmar-se mesmo nas professas igrejas de nosso Senhor Jesus Cristo. Ev 592 1 Lado a lado com a pregação do evangelho, acham-se a operar forças que não são senão médiuns de espíritos de mentira. Muito homem se intromete com elas por mera curiosidade, mas vendo demonstrações de forças sobre-humanas, é fascinado a ir sempre mais adiante, até que fica dominado por uma vontade mais forte que a sua própria. Não lhe pode escapar ao misterioso poder. Ev 592 2 São derribadas as defesas da alma. Não tem barreira contra o pecado. Uma vez que as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito são rejeitadas, homem algum pode saber a que profundezas de degradação é capaz de imergir. Um pecado secreto ou paixão dominadora o pode reter cativo tão impotente como era o endemoninhado de Cafarnaum. Todavia, seu estado não é desesperador. -- O Desejado de Todas as Nações, 258 (1898). Ev 592 3 O erro e o fanatismo num ministério em confusão -- Deus chama Seu povo a serem cristãos em pensamentos, palavras e ações. Lutero declarou que a religião nunca se acha em tanto perigo, como entre os reverendos. Posso dizer que muitos dos que manuseiam a verdade não se acham santificados por ela. Não possuem a fé que opera por amor e purifica a alma. Acostumam-se a lidar com as coisas sagradas e, por isto, muitos manuseiam a Palavra de Deus irreverentemente. Não têm andado na luz, antes fecham a ela os olhos. Ev 592 4 Esta é uma época de assinalada rejeição da graça que Deus designou conceder a Seu povo, para que, nos perigos dos últimos dias, não sejam vencidos pela iniqüidade dominante, e se unam à hostilidade do mundo contra o povo remanescente de Deus. Sob a capa de cristianismo e santificação, há de prevalecer vasta e manifesta impiedade, em grau terrível, e isto continuará até que Cristo venha para ser glorificado em todos os que crêem. Nos próprios pátios do templo, ocorrerão cenas que poucos imaginam. O povo de Deus será provado, para que Ele possa distinguir "entre o que serve a Deus e o que O não serve". -- Manuscrito 15, 1886. Ev 593 1 O conflito entre a falsa ciência e a religião -- Fui advertida de que daqui em diante teremos contínua contenda. A chamada Ciência e a religião achar-se-ão em campos antagônicos, porque os homens finitos não compreendem o poder e a grandeza de Deus. Estas palavras da Escritura Sagrada foram-me apresentadas: "Dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." Isto se verá certamente entre o povo de Deus, e haverá pessoas incapazes de perceber as mais maravilhosas e importantes verdades para este tempo, verdades essenciais a sua própria segurança e salvação, ao passo que assuntos que, em comparação, são como simples átomos, assuntos em que mal existe uma partícula de verdade, são demoradamente considerados, e engrandecidos pelo poder de Satanás de modo a fazê-los parecer da máxima importância. Ev 593 2 A visão moral desses homens está enferma; eles não sentem sua necessidade da unção celeste a fim de poderem discernir as coisas espirituais. Julgam-se demasiado sábios para errar. Homens que não têm diária experiência nas coisas de Deus, não agirão sabiamente no lidar com as sagradas responsabilidades; confundirão a luz com o erro e o erro especioso declararão ser luz, tomando fantasmas por realidades, e realidades por fantasmas, chamando a um mundo átomo, e a um átomo mundo. Cairão em enganos e ilusões que Satanás tem preparado como redes ocultas para enredar os pés dos que julgam poder andar em sua sabedoria humana, sem a graça especial de Cristo. Jesus quer que o homem veja, não homens andando como árvores, mas veja tudo com clareza. Existe unicamente um remédio para a alma pecaminosa, e a menos que esse remédio seja recebido, os homens aceitarão engano após engano, até que seus sentidos se achem pervertidos. -- Manuscrito 16, 1890. Milagres não são provas Ev 594 1 Satanás apresentará milagres -- Muitos dos que recusam a mensagem que o Senhor lhes envia, estão em busca de ganchos em que pendurar dúvidas, procurando alguma desculpa a fim de rejeitar a luz do Céu. Em face de clara evidência, dizem, como os judeus: "Mostra-nos um milagre, e creremos. Se esses mensageiros têm a verdade, por que não curam os doentes?" ... Ev 594 2 Fossem-lhes os olhos abertos, e veriam anjos maus exultando em torno deles e triunfando em seu poder de enganá-los. Acha-se mesmo diante de nós o dia em que Satanás responderá à exigência desses duvidosos, e apresentar-lhes-á numerosos milagres para confirmar a fé de todos quantos andam em busca dessa espécie de prova. Quão terrível será a situação dos que fecham os olhos à luz da verdade e pedem milagres para os firmar no engano! -- Carta 4, 1889. Ev 594 3 Curas milagrosas e fanatismo -- Nossos hospitais devem alcançar uma classe que não pode ser atingida por nenhum outro meio. "Por quê?" pergunta um ao outro, "não se fazem orações para haver curas miraculosas, em vez de se estabelecerem tantos hospitais?" Fosse isto feito, e grande seria o fanatismo que se havia de erguer em nossas fileiras. Os que têm muita confiança em si mesmos pôr-se-iam em ação, como fizeram alguns em _____, que tinham muito a dizer acerca de carne santa. Esses foram arrastados por um engano espírita. Na Assembléia Geral de 1901, eles foram repreendidos por uma mensagem que me foi dada pelo Senhor para eles. Seguíssemos nós os planos que alguns gostariam de ver-nos seguir, e formar-se-iam grupos que introduziriam manifestações espíritas de molde a confundir muitos em sua fé. ... Ev 595 1 Hão de introduzir-se erros, e advogar-se-ão doutrinas estranhas. Alguns se apartarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Já nos tempos da fundação do primeiro sanatório, começaram a aparecer estas coisas. Eram semelhantes aos erros que se manifestaram pouco depois da decepção de 1844. Apareceu um forte aspecto de fanatismo, denominando-se o testemunho do Espírito Santo. Foi-me dada uma mensagem de reprovação a essa má obra. -- Carta 79, 1905. Santificação e santidade falsas Ev 595 2 Acautelai-vos com a doutrina "crê tão-somente" -- Deparar-se-nos-ão falsas doutrinas de toda espécie, e a menos que estejamos familiarizados com o que Cristo disse, e estejamos seguindo Suas instruções, seremos levados por caminhos extraviados. Uma das mais perigosas dessas doutrinas é a da falsa santificação. Alguns há que pretendem estar santos, e todavia estão transgredindo os mandamentos de Deus. Sua afirmação de se acharem sem pecado é falsa, e não deve ser aceita. ... Ev 595 3 Outra doutrina que se apresentará, é que tudo quanto temos a fazer é crer em Cristo -- crer que Ele nos perdoou os pecados, e depois de estarmos perdoados, é-nos impossível pecar. Isto é um laço do diabo. É verdade que precisamos crer em Cristo. Ele é nossa única esperança de salvação. Mas é também verdade que nos cumpre operar nossa salvação individual diariamente em fé, não jactanciosamente, mas com temor e tremor. Temos de empregar toda faculdade de nosso ser em Seu serviço, e depois de havermos feito o melhor que nos é possível, considerar-nos ainda como servos inúteis. O poder divino unir-se-á aos nossos esforços e, ao apegar-nos a Deus com a mão da fé, Cristo nos comunicará Sua sabedoria e justiça. Assim, por Sua graça, seremos habilitados a edificar sobre o firme fundamento. -- Manuscrito 27, 1886. Ev 596 1 Profissão superficial de santidade -- Os que querem seguir a Cristo devem estar alicerçados nos princípios da verdade. Precisam compreender o que a Bíblia ensina em matéria de fé, e santificação pela verdade. Devem por tal forma estar firmados neste conhecimento, que não possam ser levados a assumir posições falsas quanto à doutrina da santidade, mas sejam capazes de exemplificar em sua vida a operação prática desse princípio de origem celeste. O povo de Deus deve ser capaz de distinguir entre o genuíno e o espúrio. Ev 596 2 Há os que professam santidade, que declaram que pertencem inteiramente ao Senhor, que pretendem ter direito às promessas de Deus, ao passo que não prestam obediência aos Seus mandamentos. ... Ev 596 3 É verdade que há muitos que nunca receberam a luz da verdade presente e todavia, pela graça concedida por Cristo, guardam a lei, tanto quanto a conhecem. Esses que assim vivem segundo a luz que possuem, não pertencem à classe condenada pelo apóstolo João. Suas palavras aplicam-se aos que se jactam de crer em Jesus, que pretendem santidade, ao mesmo tempo que fazem pouco das reivindicações da lei de Deus. Conquanto falem no amor de Jesus, seu amor não é bastante profundo para os levar à obediência. Os frutos que produzem mostram a espécie da árvore. Demonstram que sua fé não é genuína. Entretanto esta classe, embora nenhum direito tenha, conquanto não faça jus às promessas de Deus, reclama ousadamente todas as Suas bênçãos. Ao passo que não dão coisa alguma, tudo reclamam. Cerram os ouvidos à verdade, recusam-se a ouvir o positivo "Assim diz o Senhor", mas, professando santidade enganam a muitos, desviando almas por sua fé pretensiosa, sem base. -- Gospel Workers, 226, 227 (1892). Ev 597 1 Falsa doutrina -- não faz diferença em que acreditais -- Muitos há, cuja religião consiste em teoria. Para eles, uma emoção feliz é piedade. Dizem: "Vinde a Jesus, e crede nEle. Não faz diferença em que acreditais, contanto que sejais sinceros em vossa crença." Não procuram fazer o pecador compreender o verdadeiro caráter do pecado. ... Ev 597 2 Satanás quer que todo transgressor da lei de Deus pretenda ser santo. É isto que ele próprio está fazendo. Fica satisfeito quando os homens baseiam sua fé em doutrinas espúrias e no entusiasmo religioso; pois ele bem pode empregar essas pessoas para seus fins de iludir as almas. Há muitos professamente santificados, que estão ajudando Satanás em sua obra. Falam muito de sentimento; falam de seu amor para com Deus. Deus, porém, não lhes reconhece o amor; pois este é um engano do inimigo. Deus concedeu luz a essas pessoas, mas recusam aceitá-la. Juntamente com o pai da mentira, receberão o galardão da desobediência. -- The Review and Herald, 26 de Junho de 1900. Ev 597 3 Outro erro -- a abolição dos mandamentos -- Cristo adverte a Seus seguidores: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Ele nos exorta a não nos deixarmos enganar quando vêm os falsos pastores apresentar suas doutrinas. Esses homens nos dizem que os mandamentos de Deus foram abolidos por ocasião da morte de Cristo. Creremos nós neles, nesses homens que pretendem estar santificados, ao passo que se recusam a obedecer a Deus? Dizem que o Senhor lhes disse que não precisam guardar os Dez Mandamentos; mas disse-lhes acaso isto o Senhor? Não, Deus não mente. Ev 598 1 Satanás, que é o pai da mentira, enganou a Adão de modo semelhante, dizendo-lhe que não precisava obedecer a Deus, que não morreria se transgredisse a lei. Mas Adão caiu, e por seu pecado abriu as comportas da miséria para o mundo. Outra vez, Satanás disse a Caim que ele não precisava seguir expressamente o mandamento de Deus de apresentar como oferta o cordeiro morto. Caim obedeceu à voz do enganador; e porque Deus não lhe aceitou a oferta ao passo que manifestou Seu agrado pela de Abel, Caim irou-se e matou seu irmão. Ev 598 2 Precisamos saber por nós mesmos a que voz estamos atendendo, se a voz do Deus vivo e verdadeiro, ou a voz do grande apóstata. ... Ev 598 3 Quando o tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo, cessou a oferta sacrifical. A lei cerimonial foi abolida. Mas, pela crucifixão, a lei dos Dez Mandamentos foi estabelecida. O evangelho não ab-rogou a lei, nem lhe diminuiu um til das reivindicações. Ela ainda requer santidade em toda parte. É o eco da própria voz de Deus, fazendo a toda alma o convite: Subi mais alto. Sede santos, mais santos ainda. -- The Review and Herald, 26 de Junho de 1900. Ev 598 4 Advertência oportuna -- Nós como um povo caímos no erro oposto. Reconhecemos as reivindicações da lei de Deus, e ensinamos ao povo o dever de render-lhe obediência. Cremos em tudo dar, mas não vemos que devemos receber, assim como dar. Deixamos de ter aquela confiança, aquela fé que leva a alma a permanecer em Cristo. Pouco reclamamos, quando tudo poderíamos reclamar; pois não há limite às promessas de Deus. Ev 599 1 Mediante a falta de fé, muitos que procuram obedecer aos mandamentos de Deus têm pouca paz e gozo; não representam corretamente a santificação que deve vir mediante a obediência à verdade. Não estão firmados em Cristo. Muitos sentem uma falta em sua vida; desejam alguma coisa que não têm; e assim são alguns levados a assistir a reuniões chamadas de santidade, e ficam encantados com os sentimentos dos que quebrantam a lei de Deus. Ev 599 2 É nosso dever pregar a fé, apresentar o amor de Cristo em relação com as reivindicações da lei; pois uma não pode ser bem compreendida sem a outra. Em todos os sermões, o amor de Deus, tal como se manifestou em Cristo, a única esperança do pecador, deve ser acentuado até que o povo apreenda alguma coisa de seu poder e preciosidade. Se isto é feito como deve, não se dirá deste povo que eles ensinam a lei mas não crêem no arrependimento, na fé e na conversão. É preciso que estes assuntos sejam combinados, como Deus os combinou; então a verdade será apresentada em sua plenitude, não como mera teoria, mas como um poder que transformará o caráter. Será então pregada em demonstração de Espírito e com poder. Então os que aceitarem as doutrinas da Bíblia não ficarão sem ser alimentados; sentirão a vivificante influência do Espírito Santo. -- Gospel Workers, 227, 228 (1892). Teorias panteístas e espiritualistas Ev 600 1 O perigo da falsa ciência e teorias enganosas -- Havia em New Hampshire pessoas ativas em disseminar idéias falsas acerca de Deus. Foi-me revelado que esses homens estavam tornando a verdade de nenhum efeito por suas idéias, algumas das quais conduziam ao amor livre. Mostrou-se-me que esses homens estavam seduzindo almas pela apresentação de teorias especulativas com relação a Deus. ... Ev 600 2 Entre outros pontos de vista, eles afirmavam que os que eram uma vez santificados não podiam mais pecar, e isto apresentavam eles como alimento evangélico. Suas falsas teorias, com o peso da enganosa influência de que eram portadores, estavam causando grande dano a eles próprios e aos outros. Estavam exercendo um domínio espiritualista sobre os que não eram capazes de ver o mal dessas teorias belamente revestidas. Grandes males já haviam sobrevindo. A doutrina de que todos eram santos, levara à crença de que as afeições dos santificados não corriam nunca o risco de se extraviar. O resultado desta crença foi a satisfação dos maus desejos de corações que, conquanto professadamente santificados, estavam longe da pureza de pensamento e de prática. Ev 600 3 Este é apenas um dos exemplos em que fui chamada a repreender os que apresentavam a doutrina de um deus impessoal difundido através da Natureza, e a doutrina da carne santa. Ev 600 4 Futuramente, a verdade será falsificada pelos preceitos dos homens. Teorias enganosas serão apresentadas como doutrinas certas. A falsa ciência é um dos instrumentos que Satanás empregou nas cortes celestes, e é por ele usada hoje. ... Ev 600 5 Rogo aos que se acham no trabalho de Deus que não aceitem o espúrio pelo genuíno. Temos toda uma Bíblia repleta da mais preciosa verdade. Não necessitamos de suposições ou falsa excitação. No áureo incensário da verdade, segundo é apresentada nos ensinos de Cristo, temos o que convence e converte almas. Apresentai, na simplicidade de Cristo, as verdades que Ele veio ao mundo para proclamar, e far-se-á sentir o poder de vossa mensagem. Não apresenteis teorias ou provas que não têm fundamento bíblico. Temos grandes, solenes provas a apresentar. "Está escrito", eis a prova em que devemos insistir junto de todos. -- The Review and Herald, 21 de Janeiro de 1904. Ev 601 1 Falsa teoria -- Deus uma essência -- Já se estão infiltrando entre nosso povo ensinos espiritualistas, que solaparão a fé dos que lhes derem ouvido. A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a Natureza, é um dos mais sutis artifícios de Satanás. Representa falsamente a Deus e é uma desonra para Sua grandeza e majestade. Ev 601 2 As teorias panteístas não são sustentadas pela Palavra de Deus. A luz de Sua verdade mostra que essas doutrinas são instrumentalidades destruidoras das almas. As trevas são o seu elemento, a sensualidade, a sua esfera. Satisfazem o coração natural, e favorecem a inclinação. A separação de Deus é o resultado de sua aceitação. ... Ev 601 3 Há só um poder capaz de romper no coração do homem a força do mal, e esse é o poder de Deus em Jesus Cristo. Unicamente pelo sangue do Crucificado pode haver purificação do pecado. Sua graça, tão-somente, pode habilitar-nos a resistir às tendências de nossa natureza caída e sujeitá-las. A este poder tornam sem efeito as teorias espiritualistas acerca de Deus. Se Deus é uma essência que penetra toda a Natureza, Ele então habita em todos os homens; e para alcançar a santidade, basta ao homem desenvolver a capacidade que tem em si mesmo. Ev 601 4 Estas teorias, seguidas até sua conclusão lógica, derribam toda a dispensação cristã. Removem a necessidade da expiação e fazem do homem o seu próprio salvador. Essas teorias a respeito de Deus tornam sem efeito a Sua Palavra, e os que as aceitam estão em grande perigo de ser afinal levados a considerar a Bíblia toda uma obra de ficção. Podem eles considerar a virtude melhor que o vício; mas sendo Deus removido de Sua posição de soberania, põem a confiança no poder humano, o qual, sem Deus, é destituído de valor. A vontade humana, desajudada, não tem real poder para resistir ao mal e vencê-lo. As fortalezas da alma acham-se derribadas. O homem não tem barreira que o proteja do pecado. Uma vez rejeitadas as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito, não sabemos a que profundezas pode o homem cair. Ev 602 1 Os que continuarem a manter essas teorias espíritas hão de, sem dúvida, deitar a perder sua experiência cristã, cortar a ligação com Deus e perder a vida eterna. Ev 602 2 Os sofismas acerca de Deus e da Natureza, os quais inundam o mundo com ceticismo, são inspirados pelo inimigo caído, que é também estudante da Bíblia, sabe qual a verdade essencial ao povo e se empenha em distrair as mentes das grandes verdades destinadas a prepará-las para o que está prestes a sobrevir ao mundo. Ev 602 3 Vi as conseqüências desses fantasiosos pontos de vista acerca de Deus, na apostasia, espiritismo e amor livre. A tendência para o amor livre, que esses ensinos encerram, estava tão disfarçada que a princípio era difícil tornar claro o seu verdadeiro caráter. Até que o Senhor mo apresentou, eu não sabia como denominá-lo, mas fui instruída a chamá-lo amor espiritual não santificado. -- Testemunhos Selectos 3:269, 270 (1904). Várias formas de espiritismo Ev 602 4 Prestes a cativar o mundo -- O espiritismo está prestes a cativar o mundo. Muitos há que julgam ser o espiritismo mantido por truques e imposturas, mas isto está longe da verdade. Um poder sobre-humano está operando de várias maneiras, e poucos têm a idéia do que será a manifestação do espiritismo no futuro. O fundamento do êxito do espiritismo foi posto nas afirmações feitas dos púlpitos de nossa terra. Os ministros têm proclamado como doutrinas bíblicas falsidades originadas no arquienganador. Ev 603 1 A doutrina da consciência após a morte, de o espírito dos mortos comunicar-se com os vivos, não tem fundamento nas Escrituras, e todavia essas teorias são afirmadas como sendo a verdade. Por meio dessa falsa doutrina se tem aberto o caminho para os espíritos dos demônios enganarem o povo, apresentando-se como os mortos. Instrumentos satânicos personificam os mortos, levando assim as almas ao cativeiro. Satanás tem uma religião, tem uma sinagoga e devotos adoradores. Para engrossar as fileiras de seus adeptos emprega ele toda sorte de enganos. -- Manuscrito 92, 1894. Ev 603 2 Um engano que visa os que perderam um querido -- A deificação dos mortos tem ocupado lugar preeminente em quase todo sistema de paganismo, como também a suposta comunicação com os mortos. Acreditava-se que os deuses comunicavam sua vontade aos homens, e também, quando consultados, davam conselhos. Dessa espécie eram os famosos oráculos da Grécia e de Roma. Ev 603 3 A crença na comunicação com os mortos ainda é mantida, mesmo em terras professamente cristãs. Sob o nome de espiritismo, a prática de comunicação com seres que pretendem ser os espíritos dos que se foram tem-se generalizado. Ela é calculada de modo a apoderar-se das simpatias dos que depuseram os seus queridos na sepultura. -- The Signs of the Times, 23 de Junho de 1890. Ev 604 1 Lançando as bases para o espiritismo -- Ele [Satanás] vem por vezes na forma de um jovem amável, ou de uma bela sombra. Opera curas, e é adorado por iludidos mortais como um benfeitor de nossa raça. ... Milhares de pessoas comunicam-se com esse deus-demônio e dele recebem instruções, e procedem em harmonia com seus ensinos. O mundo, que julga ser tão beneficiado pela frenologia e o magnetismo animal, nunca esteve tão corrupto. Satanás emprega exatamente essas coisas para destruir a virtude e pôr as bases para o espiritismo. -- Testimonies for the Church 1:296, 297 (1862). Ev 604 2 Manifestações mais freqüentes e sensacionalistas -- O número de espíritas está aumentando. Dirigem-se aos homens que têm a verdade como Satanás se dirigiu a Cristo, tentando-os a manifestar seu poder de operar milagres, e dar demonstração de que são favorecidos por Deus, e de serem o povo que possui a verdade. ... A única segurança para os filhos de Deus, é estarem cabalmente familiarizados com a Bíblia, e terem discernimento quanto às razões de nossa fé no que respeita ao sono dos mortos. Ev 604 3 Satanás é um astuto inimigo. E não é difícil para os anjos maus representar tanto os santos como os pecadores que morreram, e tornar essas representações visíveis aos olhos humanos. Essas manifestações serão mais freqüentes e aparecerão desenvolvimentos de caráter mais sensacionalista à medida que nos aproximarmos do fim do tempo. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1875. Ev 605 4 Ministros o adornam -- Ministros, inspirados por Satanás, podem adornar eloqüentemente a esse odioso monstro, ocultando-lhe a deformidade e fazendo-o parecer belo aos olhos de muitos. Ele, porém, vem tão diretamente de sua satânica majestade, que todos quantos têm que ver com ele, Satanás reclama como seus, para os controlar, pois se arriscaram a penetrar em terreno proibido, e perderam a proteção de seu Criador. -- The Review and Herald, 13 de Maio de 1862. Ev 605 1 Espiritismo e ocultismo rebaixam a mente -- Milhares, foi-me mostrado, têm-se estragado mediante a filosofia da frenologia e do magnetismo animal, sendo impelidos à infidelidade. Caso a mente comece a soltar-se neste sentido, é quase certo ela perder o seu equilíbrio e ser controlada por um demônio. Ev 605 2 "Vãs subtilezas" enchem a mente dos pobres mortais. Pensam que há em si mesmos tal poder para realizarem grandes obras, que não sentem nenhuma necessidade de um poder superior. Seus princípios e sua fé são "segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". Jesus não lhes ensinou tal filosofia. Coisa alguma dessa espécie se pode encontrar em Seus ensinos. Ele não encaminhou a mente dos pobres mortais para si mesmos, a um poder possuído por eles próprios. Estava sempre a dirigir-lhes o espírito para Deus, o Criador do Universo, como fonte de sua força e sabedoria. ... Ev 605 3 Os mestres do espiritismo aproximam-se de maneira agradável e fascinante para vos iludirem, e caso lhes deis ouvidos às fábulas, sois seduzidos pelo inimigo da justiça, e perdereis por certo vossa recompensa. Uma vez que a fascinadora influência do arquienganador chegue a vencer-vos, estais envenenados, e sua mortífera influência adultera e destrói vossa fé em Cristo como Filho de Deus, e deixais de confiar nos méritos de Seu sangue. Os que são enganados por esta filosofia, são iludidos quanto a sua recompensa, por meio dos enganos de Satanás. Confiam nos próprios méritos, exercem voluntária humildade, estão mesmo dispostos a fazer sacrifícios e rebaixam-se, e subordinam a mente à crença do supremo absurdo, recebendo as mais absurdas idéias por intermédio daqueles que acreditam ser seus queridos mortos. De tal forma lhes cegou Satanás os olhos e lhes perverteu o discernimento, que não percebem o mal; e seguem as instruções supondo serem de seus amados mortos, agora feitos anjos em uma esfera superior. -- Testemunhos Selectos 1:95, 96 (1862). Ev 606 1 Ciência cristã, cultos orientais e de cura -- Pessoas há que recuam horrorizadas ao pensamento de consultar médiuns espíritas, mas que são atraídas por formas mais agradáveis de espiritismo, como seja o movimento de Emanuel. Ainda outros são transviados pelos ensinos da Ciência Cristã, e o misticismo da teosofia e outras religiões orientais. Ev 606 2 Os apóstolos de quase todas as formas de espiritismo pretendem possuir poder de curar a doença. Atribuem seu poder à eletricidade, ao magnetismo, aos remédios chamados "de simpatia", ou a forças latentes que há na mente do homem. E não poucos, mesmo nesta era cristã, vão a esses curandeiros, em vez de confiar no poder do Deus vivo e na competência de habilitados médicos cristãos. Ev 606 3 A mãe que vela ao pé do leito do filho enfermo, exclama: "Não posso fazer mais nada! Não há médico capaz de curar meu filho!" Contam-lhe as curas maravilhosas realizadas por algum vidente ou curador pelo magnetismo, e ela confia o filho querido aos seus cuidados, colocando-o tão certamente nas mãos de Satanás, como se este lhe estivesse ao lado. Em muitos casos a vida futura da criança é regida por um poder satânico, que parece impossível romper. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1914. Ev 606 4 Benefícios enganosos -- Os que se entregam à feitiçaria de Satanás, podem gabar-se de receber grande benefício, mas acaso prova isto ser sábio seu procedimento, ou ser seguro? Que dizer, se a vida fosse prolongada? Que dizer se fosse assegurado o ganho temporal? Valeria a pena afinal, haver desconsiderado a vontade de Deus? Todo aparente ganho dessa espécie demonstrar-se-á por fim perda irreparável. Não podemos romper impunemente uma só barreira erguida por Deus para guardar Seu povo do poder de Satanás. -- The Review and Herald, 15 de Janeiro de 1914. Ev 607 1 Perigo em consultar médicos ocultistas -- Há perigo em apartar-se no mínimo das instruções do Senhor. Quando nos desviamos da clara senda do dever, surgirá uma série de circunstâncias que parecem desviar-nos irresistivelmente para mais e mais longe do direito. Intimidades desnecessárias com os que não têm respeito por Deus nos seduzirão, antes de nos apercebermos. O temor de ofender amigos do mundo nos impedirá de exprimir nossa gratidão para com Deus ou reconhecer nossa dependência dEle. ... Ev 607 2 Os anjos de Deus guardarão Seu povo enquanto andarem na vereda do dever; mas não há nenhuma segurança dessa proteção para os que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás. Um instrumento do grande enganador dirá e fará seja o que for a fim de conseguir seu desígnio. Pouco importa se ele se chama espírita, "eletromédico" ou "curador magnético". Por meio de especiosas pretensões, granjeia a confiança dos incautos. Pretende ler a história da vida e compreender todas as dificuldades e aflições dos que a ele recorrem. Disfarçando-se em anjo de luz, ao mesmo tempo que tem no coração a negrura do abismo, manifesta grande interesse nas mulheres que lhe buscam o conselho. Diz-lhes que todas as suas dificuldades são provenientes de um casamento infeliz. Isto talvez seja muito verdadeiro, mas tal conselheiro não lhes melhora a condição. Diz-lhes que precisam é de amor e simpatia. Aparentando grande interesse em seu bem-estar, lançam sobre suas ingênuas vítimas um encantamento, fascinando-as como a serpente encanta o trêmulo passarinho. Em breve se acham elas inteiramente em seu poder, vindo na terrível esteira o pecado, a desgraça e a ruína. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1882. Ev 608 1 A mais baixa licenciosidade, desespero e ruína -- A mensagem do demônio para Saul, conquanto fosse uma denúncia do pecado e uma profecia de retribuição; não visava reformá-lo, mas provocá-lo ao desespero e à ruína. Mais freqüentemente, porém, serve melhor aos desígnios do tentador seduzir os homens à destruição pela lisonja. O ensino dos deuses-demônios, nos tempos antigos, fomentava a mais baixa licenciosidade. Os preceitos divinos condenando o pecado e reforçando a justiça, foram postos à margem; a verdade foi olhada com menosprezo, e a impureza foi, não somente permitida, mas recomendada. O espiritismo declara que não há morte, não há pecado, nem juízo, nem retribuição; que os "homens são semideuses não caídos"; que o desejo é a suprema lei; e que o homem só é responsável para consigo mesmo. As barreiras erguidas por Deus para guardar a verdade, a pureza e a reverência, são derribadas, tornando-se muitos por essa forma ousados no pecado. Não sugere tal ensino origem semelhante à do culto aos demônios? -- The Signs of the Times, 30 de Junho de 1890. Ev 608 2 Vozes místicas, médiuns, videntes e necromantes -- As vozes místicas que falaram em Ecrom e em En-Dor, estão ainda, por suas mentirosas palavras enganando os filhos dos homens. O príncipe das trevas não tem senão aparecido sob novo disfarce. Os oráculos pagãos dos séculos da antiguidade, têm sua parte correspondente nos médiuns espíritas, nos videntes e necromantes de nossos dias. Os mistérios do culto pagão são substituídos pelas associações secretas e as sessões, as obscuridades e maravilhas dos feiticeiros de nosso tempo. E suas revelações são avidamente recebidas por milhares que recusam aceitar a luz da Palavra ou do Espírito de Deus. Falam com desdém dos mágicos de outrora, ao passo que o arquienganador ri e triunfa ao se entregarem eles a suas artes sob um aspecto diferente. Ev 609 1 Estes instrumentos satânicos pretendem curar a doença. Atribuem seu poder à eletricidade, ao magnetismo, ou aos chamados "remédios de simpatia", ao passo que, na verdade, são nada mais que veículos das correntes elétricas de Satanás. Por estes meios, lançam seu encantamento sobre o corpo e alma de homens. -- The Signs of the Times, 24 de Março de 1887. Ev 609 2 O caminho para o inferno -- A vã filosofia é empregada para apresentar o caminho para o inferno como uma estrada segura. Com a imaginação grandemente excitada e as vozes em entonações musicais, pintam o caminho largo como sendo de felicidade e glória. A ambição põe diante das almas iludidas, como fez Satanás com Eva, tal liberdade e bem-aventurança, que elas nunca haviam concebido fosse possível poderem gozar. São elogiados homens que trilham o caminho largo do inferno, e depois que morrem são exaltados às mais elevadas posições no mundo eterno. Revestido de brilhantes roupagens, Satanás, parecendo um anjo exaltado, tentou, sem êxito, o Redentor do mundo. Ao vir ter com os homens, porém, na aparência de um anjo de luz, é mais bem-sucedido. Encobre seus odiosos desígnios, e sai-se muito bem em iludir os incautos não firmemente ancorados na verdade eterna. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1875. Ev 609 3 O poder da oração no enfrentar Satanás -- A oração da fé é a maior força do cristão, e certamente prevalecerá contra Satanás. Eis por que ele insinua que não necessitamos orar. O nome de Jesus, nosso Advogado, ele detesta; e quando nos chegamos fervorosamente a Ele em busca de auxílio, as hostes de Satanás ficam alarmadas. Serve bem aos seus fins o negligenciarmos a prática da oração, pois então seus prodígios de mentira são recebidos mais facilmente. -- Testimonies for the Church 1:296 (1862). Fanatismo e extremismo Ev 610 1 Falsificação de dons espirituais -- Ergueram-se muitos erros, e se bem que eu fosse então pouco mais que uma criança, fui enviada pelo Senhor de um lugar para outro a reprovar os que estavam sustentando essas falsas doutrinas. Havia pessoas em risco de caírem em fanatismo, e eu era mandada em nome do Senhor a dar-lhes advertência do Céu. Ev 610 2 Teremos outra vez de enfrentar essas mesmas falsas doutrinas. Haverá pessoas que pretendem ter visões. Quando Deus der clara demonstração de que essas visões são dEle, podeis aceitá-las; mas não as aceiteis mediante nenhuma outra prova; pois o povo será mais e mais extraviado nos países estrangeiros e na América. O Senhor quer que Seu povo proceda como homens e mulheres de senso. Ev 610 3 Futuramente deverão surgir enganos de toda espécie, e carecemos de terreno sólido para nossos pés. Carecemos de firmes colunas para o edifício. Nem o mínimo pormenor daquilo que o Senhor tem estabelecido se deve remover. ... Onde encontraremos nós segurança senão nas verdades que o Senhor tem dado nos últimos cinqüenta anos? -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. Ev 610 4 Como a serpente enganou a Eva -- As falsas teorias, frequentemente repetidas, parecem tão falsamente convidativas hoje, como pareceu o fruto da árvore proibida no Jardim do Éden. O fruto era muito belo e, aparentemente, desejável para comer. Por meio de falsas doutrinas, muitas almas já foram destruídas. -- Manuscrito 37, 1906. Ev 610 5 Enfermos por fanatismo e extremismo -- Como a vista natural de alguém pode ficar tão perturbada que se torna quase inútil, assim no caso de fanatismo religioso e extremismo, os olhos da alma, pelos quais se podem discernir o bem e o mal, ficam tão pervertidos, que não se distingue nada claramente. O discernimento saudável é arruinado, de modo que o espírito da verdade e da justiça não pode ser discernido do espírito do erro e do fanatismo. Ev 611 1 Há uma doença das faculdades espirituais quando um homem ou uma mulher fantasiam que vêem coisas que não existem. Fica intoxicado com uma ilusão da mesma maneira que o que ingere a bebida alcoólica fica intoxicado com ela. Há uma inspiração, mas não de Deus. As faculdades mentais acham-se pervertidas. Cada alma faça de Deus sua confiança, e adquira uma experiência benéfica e sã. -- Manuscrito 41, 1900. Ev 611 2 No fogo ou na água -- Há uma classe de pessoas que estão sempre prontas a escapar por uma tangente, que desejam apanhar qualquer coisa estranha e maravilhosa, e que seja novidade; mas Deus deseja que todos procedamos calma, consideradamente, escolhendo nossas palavras em harmonia com a sólida verdade para este tempo. A verdade deve ser apresentada à mente o mais isenta possível do elemento emocional, conquanto leve ainda a intensidade e a solenidade condizente com seu caráter. Cumpre guardar-nos de animar os extremistas, os que tendem para o fogo ou para a água. Ev 611 3 Rogo-vos que extirpeis de vossos ensinos toda expressão extravagante, tudo quanto as mentes desequilibradas e os inexperientes pegarão, e os levará a tomarem atitudes desarrazoadas, imaturas. Necessário é que cultiveis a cautela em toda declaração, para que não deis lugar a alguém de enveredar por um caminho errado, e fazer confusão que importe em muito penoso labor para pôr em ordem, desviando assim as forças dos obreiros para atividades em que não era desígnio do Senhor que entrassem. Uma manifestação de fanatismo entre nós cerrará muitas portas aos sãos princípios da verdade. -- Manuscrito 82, 1894. Ev 612 1 A verdade sagrada desonrada pela excitação -- Precisamos ser considerados e calmos, e contemplarmos as verdades da revelação. A excitação não é favorável ao crescimento na graça, à verdadeira pureza e santificação do Espírito. Ev 612 2 Deus quer que lidemos com a verdade sagrada. Unicamente esta convence os contraditores. Cumpre desenvolver trabalho tranqüilo, criterioso. ... Ev 612 3 Deus chama Seu povo a andar com sobriedade e santa coerência. Devem ser muito cuidadosos para não deturpar nem desonrar as santas doutrinas da verdade por atos estranhos, por confusão e tumulto. Por essas coisas os que não são crentes são levados a pensar que os adventistas do sétimo dia são um grupo de fanáticos. Assim se criam preconceitos que impedem as almas de aceitar a mensagem para este tempo. Quando os crentes falam acerca da verdade tal como é em Jesus, revelam uma calma santa, sensata, não uma tempestade de confusão. -- Manuscrito 76, 1901. Ev 612 4 Os falsos mestres deslocam a profecia -- Em nossos dias como no tempo de Cristo, pode haver uma leitura ou interpretação errônea das Escrituras. Caso os judeus houvessem estudado as mesmas com coração sincero, secundando isto com a oração, suas pesquisas haveriam sido recompensadas com um verdadeiro conhecimento do tempo, e não somente deste, mas também da maneira do aparecimento de Cristo. Não haveriam tomado o glorioso segundo advento de Cristo pelo primeiro. Tinham o testemunho de Daniel; tinham o testemunho de Isaías e outros profetas; possuíam os ensinos de Moisés; e ali estava Cristo mesmo em seu meio, e ainda estavam investigando as Escrituras em busca de provas quanto a Sua vinda. E estavam fazendo a Cristo justamente as coisas que haviam sido profetizadas que eles haviam de fazer-Lhe. Estavam tão cegos que não sabiam o que estavam fazendo. Ev 613 1 E muitos estão fazendo o mesmo agora, em 1897, porque não têm tido experiência nas probantes mensagens compreendidas na primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Alguns há que estão investigando as Escrituras em busca de provas de que estas mensagens estão ainda no futuro. Eles concluem pela veracidade cumulativa das mensagens, mas deixam de assinalar-lhes o devido lugar na história profética. Portanto essas pessoas acham-se em perigo de transviar o povo quanto a localizar as mensagens. Não vêem nem entendem o tempo do fim, nem o tempo a que devem aplicar essas mensagens. O dia de Deus vem com passos furtivos, mas os pretensos sábios e grandes homens estão tagarelando acerca de "educação superior". Não conhecem os sinais da vinda de Cristo ou do fim do mundo. -- Manuscrito 136, 1897. Explicações falsas acerca da trindade divina Ev 613 2 Fazei o povo conhecer nossa posição -- Nosso método é: Não torneis proeminentes os aspectos objetáveis de nossa fé, que batem mui decididamente contra as práticas e costumes do povo, até que o Senhor lhe dê uma boa oportunidade de conhecer que somos crentes em Cristo, que cremos na divindade de Cristo e em Sua preexistência. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 253 (1895). Ev 613 3 Teremos de enfrentar ensinos errôneos -- Repetidamente seremos chamados a enfrentar a influência de homens que estão estudando ciências de origem satânica, por meio das quais Satanás está operando a fim de fazer parecer que Deus e Cristo não são entidades. O Pai e o Filho têm ambos personalidade. Cristo declarou: "Eu e Meu Pai somos um." Todavia foi o Filho de Deus que veio ao mundo na forma humana. Pondo de lado Suas vestes e coroa reais, revestiu da humanidade a Sua divindade, a fim de que a raça humana, mediante o infinito sacrifício por Ele feito, pudesse tornar-se participante da natureza divina, e escapar à corrupção que pela concupiscência há no mundo. -- Testimonies for the Church 9:68 (1909). Ev 614 1 A verdade positiva e as apresentações espíritas -- Fui instruída a dizer: Os sentimentos dos que andam em busca de avançadas idéias científicas, não são para confiar. Fazem-se definições como essas: "O Pai é como a luz invisível; o Filho é como a luz corporificada; o Espírito é a luz derramada." "O Pai é como o orvalho, vapor invisível; o Filho é como o orvalho condensado em uma bela forma; o Espírito é como o orvalho caído sobre a sede da vida." Outra apresentação: "O Pai é como o vapor invisível; o Filho como a nuvem plúmbea; o Espírito é chuva caída e operando em poder refrigerante." Ev 614 2 Todas essas definições espiritualistas são simplesmente nada. São imperfeitas, inverídicas. Enfraquecem e diminuem a Majestade a que não pode ser comparada nenhuma semelhança terrena. Deus não pode ser comparado a coisas feitas por Suas mãos. Estas são meras coisas terrenas, sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O Pai não pode ser definido por coisas da Terra. O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais. Ev 614 3 O Filho é toda a plenitude da Divindade manifestada. A Palavra de Deus declara que Ele é "a expressa imagem de Sua pessoa". "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que toda aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" Aí se manifesta a personalidade do Pai. Ev 615 1 O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes -- o Pai, o Filho e o Espírito Santo -- os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo. -- Special Testimonies, Série B, 7:62, 63 (1905). Ev 615 2 O filho de Deus, preexistente, existente por si mesmo -- Cristo é o Filho de Deus, preexistente, existente por Si mesmo. ... Falando de Sua preexistência, Cristo reporta a mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que vivera sempre com Ele. -- The Signs of the Times, 29 de Agosto de 1900. Ev 615 3 Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É o Filho eterno, existente por Si mesmo. -- Manuscrito 101, 1897. Ev 615 4 Desde a eternidade -- Ao passo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando na Terra, fala também positivamente de Sua preexistência. A Palavra existia como um ser divino, mesmo como o Eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade fora o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, caso O aceitassem, seriam abençoados. "O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." Antes que os homens ou os anjos fossem criados, o Verbo estava com Deus e era Deus. -- The Review and Herald, 5 de Abril de 1906. Ev 616 1 Cristo lhes mostra que, embora eles considerassem que Sua vida era de menos de cinqüenta anos, todavia Sua existência divina não podia ser contada pelo cômputo humano. A vida de Cristo antes de Sua encarnação não se calcula por algarismos. -- The Signs of the Times, 3 de Maio de 1899. Ev 616 2 Vida original, não tomada emprestada nem derivada -- Jesus declarou: "Eu sou a ressurreição e a vida." Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. "Quem tem o Filho tem a vida." A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente. -- O Desejado de Todas as Nações, 530 (1898). Ev 616 3 Com o Pai no Sinai -- Quando eles [Israel] chegaram ao Sinai, Ele aproveitou a ocasião para refrigerar-lhes o espírito com relação a Suas reivindicações. Cristo e o Pai, lado a lado no monte, proclamaram com solene majestade os Dez Mandamentos. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 231 (1866). Ev 616 4 Os eternos dignitários da trindade -- Os eternos dignitários celestes -- Deus, Cristo e o Espírito Santo -- munindo-os [aos discípulos] de energia sobre-humana, ... avançariam com eles para a obra e convenceriam o mundo do pecado. -- Manuscrito 145, 1901. Ev 616 5 Personalidade do Espírito Santo -- Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos. -- Manuscrito 66, 1899. (De uma palestra para os estudantes na Escola de Avondale.) Ev 616 6 O Espírito Santo é uma pessoa, pois dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus. Uma vez dado esse testemunho, traz consigo mesmo sua própria evidência. Em tais ocasiões acreditamos e estamos certos de que somos filhos de Deus. ... Ev 617 1 O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus. "Por que, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus." -- Manuscrito 20, 1906. Ev 617 2 O poder de Deus na terceira pessoa -- O príncipe da potestade do mal só pode ser mantido em sujeição pelo poder de Deus na terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. -- Special Testimonies, Série A, 10:37 (1897). Ev 617 3 Em cooperação com os três poderes mais altos -- Cumpre-nos cooperar com os três poderes mais altos no Céu -- o Pai, o Filho e o Espírito Santo -- e esses poderes operarão por meio de nós, fazendo-nos coobreiros de Deus. -- Special Testimonies, Série B, 7:51 (1905). Sociedades secretas Ev 617 4 Os perigos das sociedades secretas -- A recomendação do Senhor: "Não vos prendais a um jugo desigual com infiéis", não se refere apenas ao casamento dos cristãos com os infiéis, mas a todas as alianças em que as partes são postas em íntima associação, e na qual é necessário harmonia de espírito e de oração. ... Ev 617 5 Por intermédio do profeta Isaías, declara o Senhor: "Ajuntai-vos, povos, e sereis quebrantados; e dai ouvidos vós todos os que sois de terras remotas: cingi-vos, e sereis quebrantados; cingi-vos, e sereis quebrantados. Aconselhai conselho, e sairá frustrado; falai fala, e não ficará firme; porque Deus é conosco. Porque o Senhor me falou desta sorte, com força de mão: e me deu a correção, para que eu não fosse pelo caminho deste povo, dizendo: Não digais, conspiração, todas as vezes que este povo disser, conspiração: E não tenhais medo do seu temor, nem vos espanteis. Ao Senhor dos exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor, e Ele o vosso espanto." Isaías 8:9-13 (TT). Ev 618 1 Pessoas há que indagam se é direito cristãos pertencerem aos maçons e outras sociedades secretas. Que todos esses considerem os textos acima citados. Se somos cristãos na verdade, cumpre-nos sê-lo em toda parte, e é preciso considerar e atender o conselho dado para tornar-nos cristãos segundo a norma da Palavra de Deus. ... Ev 618 2 Quando aceitamos Cristo como nosso Redentor, aceitamos a condição de tornar-nos coobreiros de Deus. Fizemos com Ele um concerto de ser totalmente pelo Senhor; como fiéis mordomos da graça de Cristo, para trabalhar pela edificação de Seu reino no mundo. Todo seguidor de Cristo está comprometido a consagrar todas as suas energias mentais, físicas e espirituais Àquele que pagou o resgate por nossa alma. Alistamo-nos para ser soldados, para entrar em serviço ativo, suportar provações, vergonha, vitupério, para combater o combate da fé, seguindo o Capitão de nossa salvação. Ev 618 3 Em vossa ligação com as sociedades mundanas, estais vós guardando vosso concerto com Deus? Tendem acaso essas associações a encaminhar vosso espírito ou o dos outros, para Deus, ou estão elas desviando dEle o interesse e a atenção? Revigoram elas vossos laços com os instrumentos divinos, ou voltam-vos o espírito para o humano em lugar do divino? Ev 618 4 Estais vós servindo, honrando e engrandecendo a Deus, ou O estais desonrando e pecando contra Ele? Estais ajuntando com Cristo, ou espalhando? Todos os pensamentos e planos e fervoroso interesse dedicado a essas organizações, foram comprados pelo precioso sangue de Cristo; mas estais vós Lhe prestando serviço quando vos unis com ateus e infiéis, homens que profanam o nome de Deus, bebedores, ébrios, fumantes? Ev 619 1 Ao passo que talvez haja nessas sociedades muita coisa que pareça boa, há, de mistura com isto, muito que anula o efeito do bem, e torna essas sociedades prejudiciais aos interesses da alma. ... Ev 619 2 Pergunto-vos, a vós, que achais prazer nessas associações, que gostais da reunião para condescendência com os ditos espirituosos e o divertimento e a festa: Levais porventura convosco a Jesus? Estais buscando salvar as almas de vossos companheiros? Será esse o objetivo de com eles vos associardes? Vêem e sentem eles acaso haver em vós um vivo revestimento do Espírito de Cristo? Manifesta-se serdes uma testemunha, pertencerdes a um povo particular, zeloso de boas obras? Manifesta-se que vossa vida é controlada pelos divinos preceitos: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento", e "Amarás a teu próximo como a ti mesmo"? ... Ev 619 3 Os que não podem discernir entre os que servem a Deus e os que O não servem, podem encantar-se com essas sociedades que não têm nenhuma ligação com Deus, mas nenhum cristão sincero pode prosperar em tal atmosfera. Não se encontra aí o vital ambiente do Céu. Sua alma está estéril, e ele se sente tão destituído do refrigério do Espírito Santo de Deus como os montes de Gilboa do orvalho e da chuva. Ev 619 4 Por vezes o seguidor de Cristo pode, por circunstâncias, ser compelido a presenciar cenas de prazer profano, mas é com um coração pesaroso. A linguagem não é a de Canaã, e o filho de Deus jamais escolherá tais associações. Quando ele é, por necessidade, levado à sociedade não escolhida por sua vontade, descanse em Deus, e o Senhor o guardará. Não deve, porém, sacrificar seus princípios em caso algum, seja qual for a tentação. Ev 620 1 Cristo nunca levará Seus seguidores a assumirem compromissos que os venham a unir com homens que não têm ligação com Deus, que não se acham sob a controladora influência de Seu Espírito Santo. A única norma correta de caráter é a santa lei de Deus, e impossível é àqueles que fazem dessa lei a regra de sua vida, unirem-se em confiança e cordial fraternidade com aqueles que fazem da verdade de Deus uma mentira, e consideram a autoridade divina como coisa sem valor. Ev 620 2 Entre o mundano e o que serve fielmente a Deus, acha-se um grande abismo. Seus pensamentos e simpatias e sentimentos quanto aos mais momentosos assuntos -- Deus e a verdade e a eternidade -- não se acham em harmonia. Uma classe está amadurecendo como o trigo para o celeiro de Deus; a outra como joio para o fogo da destruição. Como pode haver unidade de objetivo ou de ação entre eles? "Não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." -- Should Christians Be Members of Secret Societies?, 3-10 (1892). Ev 620 3 Completa separação -- À noite encontrei o irmão _____ e disse-lhe que tinha para ele alguma coisa, da parte do Senhor. Ele respondeu: "Por que não comunicar isto agora?" Eu estava muitíssimo fraca, mas ele morava em _____, a dezesseis quilômetros do edifício escolar que me devia servir de habitação. De modo que me levantei e li-lhe cinqüenta páginas, tamanho de papel de carta, referentes ao escritório, e também a pessoas particulares que ali trabalhavam. Ev 621 1 Falei ... positivamente e de maneira clara com relação a seu trabalho passado, e à perda que este havia sido para o escritório. Sua ligação com os maçons havia-lhe absorvido o tempo e entorpecido a percepção espiritual. Sua mente, seus pensamentos, haviam estado nessa corporação, nessa associação; e havia ali infiéis, beberrões e toda classe de gente. E ele estava ligado com essas organizações secretas. Só havia uma coisa a fazer -- cortar sua ligação com eles e estar todo do lado do Senhor; pois não lhe era possível servir a Deus e a Mamom. Ev 621 2 Ele disse: "Aceito o testemunho; atenderei a suas instruções." -- Manuscrito 17, 1892. Ev 621 3 O irmão _____ achava-se em perigosa posição, como um homem prestes a perder o equilíbrio e cair num precipício. Eu sabia que trabalho delicado é lidar com o espírito humano, e senti-me grata ao chegar o tempo em que era seguro para mim, o apresentar-lhe o perigo em que estava. O Senhor do Céu quer que temamos julgar-nos uns aos outros; como seres finitos, errantes, cumpre-nos suspeitar de nós mesmos, temer, não ofendamos nós a Deus com o ferir a alma de Seus filhos. Eles são a aquisição do Filho de Deus, comprados por Seu próprio, precioso sangue, e não devem ser acusados ou opressos por palavra ou ação, pois o Senhor levantar-Se-á em Sua defesa. Ev 621 4 Na quarta-feira fui levada a falar acerca dos princípios sobre que nos cumpre lidar com as mentes e dirigi-las para o caminho reto. Muitos no mundo têm as afeições postas em coisas que podem ser em si mesmas boas, mas a mente dessas pessoas satisfaz-se com essas coisas, e não buscam o bem maior e mais elevado que Cristo lhes deseja dar. Ora, não devemos procurar rudemente separá-las daquilo que lhes é tão caro. Revelai-lhes a beleza da verdade, e quão preciosa ela é. Levai-as a contemplar a Cristo e a Sua formosura, e então elas volverão as costas a tudo quanto lhes tira dEle as afeições. -- Carta 23a, 1893. Ev 622 1 Mensagem de louvor -- Sinto-me deveras grata a nosso benigno Pai Celestial por Ele vos haver dado forças, pela comunicação de Sua graça, para vos desligardes da loja maçônica e tudo quanto se relaciona com a sociedade. Não era seguro para vós ter qualquer parte com essa ordem secreta. Aqueles que se acham sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel, não se podem unir aos maçons, ou com qualquer organização secreta. O selo do Deus vivo não será posto sobre ninguém que mantenha tal ligação depois de a luz da verdade haver-lhe iluminado o caminho. Cristo não está dividido, e os cristãos não podem servir a Deus e a Mamom. Diz o Senhor: "Saí do meio deles e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." -- Carta 21, 1893. Ev 622 2 Enganos por meio de sociedades secretas -- O mundo é um teatro; os atores, seus habitantes, estão-se preparando para fazer sua parte no último grande drama. Entre as grandes massas da humanidade não há união, a não ser quando os homens se aliam para realizar seus propósitos egoístas. Deus está observando. Seus propósitos a respeito de Seus súditos rebeldes se cumprirão. O mundo não foi entregue às mãos dos homens, embora Deus esteja permitindo que os elementos de confusão e desordem dominem por algum tempo. Um poder de baixo está operando para desenvolver as últimas grandes cenas do drama -- Satanás apresentando-se como Cristo e operando com todo o engano da injustiça naqueles que se estão unindo em sociedades secretas. Os que estão cedendo à paixão por confederar-se, estão executando os planos do inimigo. A causa será seguida de efeito. Ev 623 1 A transgressão atingiu quase o seu limite. Confusão enche o mundo, e um grande terror há de sobrevir em breve aos seres humanos. O fim está muito próximo. Nós que conhecemos a verdade devemos estar-nos preparando para o que em breve há de desencadear-se sobre o mundo como uma esmagadora surpresa. -- Testimonies for the Church 8:27, 28 (1904). Combate a ensinos errôneos Ev 623 2 Enfrentar os sofismas com a verdade -- Fui instruída a dizer-vos que não é o melhor demorar-nos sobre sentimentos espiritualistas, teorias estranhas, desconcertantes, que têm estado por anos a introduzir-se em nosso meio. Ev 623 3 Não é o melhor pregar sobre o panteísmo ou ler citações de autores que escrevem acerca desse assunto, e dos erros capciosos, falsos, que a ele conduzem. As declarações feitas nos Testimonies, vol. 8, são suficientes para advertir nosso povo a evitar tais erros. Essas declarações farão mais para esclarecer o espírito do que todas as explanações ou teorias que nossos pastores e professores possam apresentar quanto a esses assuntos. Ev 623 4 Se tentardes lidar com esses assuntos, sereis levados a repetir os sofismas de Satanás, e ajudá-lo-eis assim a apresentar suas falsas teorias ao povo. Resolvei nunca, nunca repetir o erro, mas sempre ensinar a verdade. Enchei o coração e a mente com a solene e sagrada verdade para este tempo. Ev 624 1 Demorai na verdade presente, na segunda vinda de Cristo. O Senhor virá muito em breve. Temos apenas um poucochinho de tempo em que apresentar a verdade para este tempo -- a verdade que há de converter almas. Essa verdade deve ser apresentada na máxima simplicidade, da mesma maneira que Cristo a apresentou, de modo que o povo possa compreender o que seja a verdade. Ela dissipará as nuvens do erro. Ev 624 2 Dai ao povo a verdade presente. Falai a verdade. Enchei-lhes a mente com a verdade. Edificai as fortalezas da verdade. E não apresenteis as teorias de Satanás a espíritos que não devem ouvir falar a respeito delas. O que o povo necessita não é uma apresentação das sedutoras artes de Satanás, mas uma apresentação da verdade como é em Jesus. Lembrai-vos de que o diabo pode ser servido por uma repetição de suas mentiras. Quanto menos lidarmos com esses assuntos objetáveis, tanto mais puros, limpos e menos manchados estarão nosso espírito e nossos princípios. ... Ev 624 3 Foi-me mostrado que não devemos entrar em debates acerca dessas teorias espiritualistas, pois tais polêmicas só servirão para confundir a mente. Estas coisas não devem ser levadas a nossas reuniões. Não devemos trabalhar a fim de refutá-las. Caso nossos pastores e professores se entreguem ao estudo dessas teorias errôneas, alguns se desviarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Não é a obra do ministro evangélico dar voz às teorias de Satanás. ... Ev 624 4 Exaltai a verdade; engrandecei-a; dizei: "Está escrito." -- Carta 175, 1904. Ev 624 5 As falsidades devem ser habilmente desmascaradas -- Adverte-nos o apóstolo Paulo de que "apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios". Isto é o que podemos esperar. Nossas maiores provações serão ocasionadas por aqueles que uma vez advogaram a verdade, mas que se voltam dela para o mundo, e a pisam a pés com ódio e escárnio. Ev 625 1 Deus tem uma obra para Seus servos fiéis. Os ataques do inimigo precisam ser enfrentados com a verdade de Sua Palavra. A mentira precisa ser desmascarada, revelado seu verdadeiro caráter, e a luz da lei de Jeová precisa resplandecer por entre a escuridão moral do mundo. Cumpre-nos apresentar as reivindicações de Sua Palavra. Não seremos considerados inocentes se negligenciarmos este solene dever. Ao passo que nos levantamos em defesa da verdade, entretanto, não o façamos pela defesa do próprio eu, fazendo grande arruído por ser chamados a suportar vitupério e ser falsamente apresentados. Não nos compadeçamos de nós mesmos, mas sejamos mui zelosos da lei do Altíssimo. Ev 625 2 Diz o apóstolo: "Virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas." Vemos por todo lado homens sendo facilmente levados cativos pelas enganadoras imaginações dos que fazem de nenhum efeito a Palavra de Deus; quando, porém, a verdade lhes é apresentada, enchem-se de impaciência e de ira. A exortação do apóstolo ao servo de Deus, todavia, é: "Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." ... Ev 625 3 Precisamos acalentar cuidadosamente as palavras de nosso Deus, para que não sejamos contaminados pela enganadora operação dos que deixaram a fé. Cumpre-nos resistir-lhes ao espírito e influência com a mesma arma que nosso Mestre empregou quando assaltado pelo príncipe das trevas -- "Está escrito". Devemos aprender a usar habilmente a Palavra de Deus. Eis a exortação: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." Importa que haja trabalho diligente e fervorosa oração e fé para enfrentar os sinuosos erros dos falsos mestres e sedutores; pois "nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos". -- The Review and Herald, 10 de Janeiro de 1888. Ev 626 1 Os sinceros salvos dos enganos -- O meio por que podemos vencer o maligno, é aquele pelo qual Cristo venceu -- o poder da Palavra. Deus não nos rege a mente sem nosso consentimento; mas se desejamos conhecer e fazer a Sua vontade, pertence-nos a promessa: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá." Mediante a fé nessas promessas, todo homem poderá ser libertado dos ardis do erro e do domínio do pecado. Ev 626 2 Todo homem é livre para escolher que poder o regerá. Ninguém caiu tão fundo, ninguém é tão vil, que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, em lugar de uma oração, só pôde proferir as palavras de Satanás; todavia, foi ouvido o mudo apelo do coração. Nenhum grito de uma alma em necessidade, embora deixe de ser expresso em palavras, ficará desatendido. Os que consentirem em entrar com o Deus do Céu num concerto, não serão deixados entregues ao poder de Satanás, ou às fraquezas de sua própria natureza. São convidados pelo Salvador: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Os espíritos das trevas hão de combater pela alma que uma vez lhes caiu sob o domínio, mas anjos de Deus hão de contender por aquela alma com predominante poder. -- O Desejado de Todas as Nações, 258, 259 (1898). Ev 626 3 Aos curiosos confessai que não sabeis -- Têm-nos chegado cartas acerca de assuntos sobre os quais Deus não nos deu nenhuma luz, e de boa vontade dizemos a esses indagadores: Não sabemos. A grande ansiedade que deve haver em todo espírito, deve ser conhecer a Deus e cumprir Seus preceitos. Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a observam. ... Ev 627 1 Os que são tão curiosos de descobrir coisas que não foram dadas a conhecer nas Escrituras, são geralmente os estudantes superficiais no que respeita aos assuntos de importância na vida diária e na prática. ... Temos de revelar ao mundo aquilo que Deus tem achado necessário revelar-nos. Não estamos fazendo a vontade de nosso Pai celeste quando especulamos acerca de coisas que Ele achou por bem não nos revelar. É privilégio de cada um mostrar aos outros que aprecia o valor das verdades divinas, que aprecia os tesouros da vida eterna mediante o fazer todo sacrifício para obter a recompensa. -- Manuscrito 104, 1898. ------------------------Capítulo 19 -- O obreiro e suas habilitações O espírito do ministério Ev 628 1 Dores de parto por almas -- Uma vez que o pastor tem de ir em busca da ovelha perdida, não há de manifestar apenas um interesse casual, mas verdadeiras dores de parto pelas almas. Isto requer o mais sincero exame de coração, o mais sincero buscar a Deus com orações, de modo a podermos conhecê-Lo e ao poder de Sua graça, "para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus". -- Carta 8, 1895. Ev 628 2 Compaixão pelos inconversos -- Mas quão poucos de nós consideram a salvação de pecadores segundo ela é vista pelo universo celeste -- como um plano ideado desde a eternidade na mente de Deus! Quão poucos dentre nós têm o coração ligado com o Redentor nesta solene, encerradora obra! Mal existe uma décima parte da compaixão que deve haver pelas almas por salvar. Tantos há a serem advertidos, e todavia quão poucos há que se compadeçam juntamente com Deus o suficiente para ser alguma coisa ou não ser nada, contanto que vejam almas salvas para Cristo! -- Obreiros Evangélicos, 116 (1915). Ev 628 3 Consagração, amor e renúncia -- O obreiro de Deus deve desenvolver no mais alto grau as faculdades mentais e morais com que a natureza, o cultivo e a graça de Deus o dotaram; mas seu êxito será proporcional ao grau de consagração e abnegação com que o serviço for feito, de preferência aos dotes naturais ou adquiridos. Fervoroso e constante esforço para adquirir habilitações é uma coisa necessária; mas a menos que Deus coopere com a humanidade, nada de bom se pode realizar. A graça divina, eis o grande elemento do poder salvador; sem ela, todo esforço humano é inútil. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 537, 538 (1913). Ev 629 1 Amor e compaixão -- O Senhor quer que os homens se esqueçam a si mesmos no esforço de salvar almas. Nossa vida é pior que um fracasso se por ela passamos sem deixar pelo caminho os marcos do amor e da compaixão. Deus não coopera com um homem áspero, obstinado, destituído de amor. Um homem assim estraga o modelo que Cristo deseja que Seus obreiros revelem ao mundo. Os obreiros de Deus, seja qual for o ramo de serviço em que se achem empenhados, devem pôr em seus esforços a bondade e a beneficência e o amor de Cristo. Ev 629 2 Deus chama portadores de luz que encham o mundo da claridade, paz e alegria que provêm de Cristo. Deus Se servirá de homens humildes, compenetrados de sua fraqueza que não julguem depender deles a obra de Deus. Esses homens se lembrarão do que o serviço divino deles requer -- a propriedade da palavra e ação que o Senhor deles reclama. Revelarão que Cristo lhes habita no coração, comunicando pureza a todo o ser. -- Carta 197, 1902. Ev 629 3 A simplicidade das crianças -- Trabalhemos com todas as nossas faculdades, procurando tornar a verdade para este tempo clara aos que a não compreendem. A bênção do Senhor repousará sobre toda alma que lançar mão de Sua obra inteligentemente. ... Ev 629 4 Cultivemos a simplicidade das criancinhas. A preciosa Bíblia, o Livro de Deus, eis nosso instrutor. A todos quantos andarem humildemente diante de Deus, Ele dará Seu Santo Espírito e ministrar-lhes-á por intermédio dos santos anjos, a fim de produzirem a devida impressão no espírito humano. -- Manuscrito 77, 1909. Ev 630 1 Sem louvor -- Precisamos fazer nossa obra pura e fielmente, mesmo que não haja ninguém no mundo para dizer: "Está bem feito." Nossa vida precisa ser exatamente aquilo que Deus designa que ela seja -- fiel em boas obras, em atos de bondade e consideração, em expressar mansidão, pureza e amor. Assim representamos Cristo perante o mundo. ... Ev 630 2 Os homens gastos pela labuta, que são agora os primeiros e mais preeminentes na grande obra de salvar almas, são aqueles a quem Deus há de honrar. -- Carta 120, 1898. Ev 630 3 O perigo da lisonja -- Mantende os olhos fixos em Cristo. Não concentreis a atenção em algum ministro predileto, copiando-lhe o exemplo e imitando-lhe os gestos; tornando-vos, em suma, sua sombra. Não permitais que algum vos imprima seu molde. ... Ev 630 4 Não elogieis nenhum homem; não lisonjeeis homem algum; nem permitais que ninguém vos elogie ou lisonjeie. Satanás fará bastante disso. Perdei de vista o instrumento, e pensai em Jesus. Louvai ao Senhor. Dai glória a Deus. Fazei melodia a Deus em vosso coração. Falai acerca da verdade. Falai acerca da esperança cristã, do Céu do cristão. -- Manuscrito 8a, 1888. Ev 630 5 Não facilmente ferida a susceptibilidade -- Não permitamos que nossa susceptibilidade seja facilmente ferida. Devemos viver, não para vigiar sobre nossa susceptibilidade ou reputação, mas para salvar almas. Quando estamos interessados na salvação das almas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De qualquer sorte que os outros pensem de nós ou conosco procedem, nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo, nossa companhia com o Espírito. -- A Ciência do Bom Viver, 485 (1905). Ev 630 6 Um espírito satisfeito, alegre -- Quando possuirmos certeza clara e evidente de nossa salvação, manifestaremos a satisfação e alegria, próprias de todo seguidor de Jesus Cristo. A enternecedora, subjugante influência do amor de Deus comunicada à vida prática, produzirá sobre o espírito de outros impressões que serão um cheiro de vida para vida. Mas caso seja manifestado um espírito áspero, acusador, desviará muitas almas da verdade para as fileiras do inimigo. Solene pensamento! Lidar pacientemente com o tentado requer que combatamos contra o próprio eu. -- Carta 1a, 1894. Ev 631 1 Manso e humilde de coração -- O valor de nossa obra não consiste em fazer grande barulho no mundo, em ser zeloso, ansioso e ativo em nossa própria força. O valor de nossa obra é proporcional à comunicação do Espírito Santo. O valor de nossa obra vem da confiança em Deus, que traz mais santas qualidades de espírito, de modo que, na paciência, possuamos nossas almas. Devemos orar continuamente a Deus a fim de que nos aumente a resistência, nos faça fortes em Sua força, ateie em nosso coração a chama do divino amor. A causa de Deus será mais eficazmente promovida pelos que são mansos e humildes de coração. -- Manuscrito 38, 1895. Ev 631 2 A obra é de Deus, não nossa -- Ora, aí está justamente o que precisamos compreender, que ela não é a nossa obra, mas a de Deus, e que somos simples instrumentos em Suas mãos, para realizá-la. Precisamos buscar ao Senhor de todo o coração, e o Senhor trabalhará em nosso favor. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1887. Ev 631 3 Sacrifício a todo passo -- Aproximamo-nos do fim da história terrestre, e os vários departamentos da obra de Deus devem ser levados avante com muito mais abnegação do que já foi feito até agora. A obra para estes últimos dias é uma obra missionária. A verdade presente, da primeira à última letra de seu alfabeto, significa esforço missionário. A obra a realizar pede sacrifício a cada passo de avanço. Os obreiros devem sair da provação purificados e refinados como ouro provado no fogo. -- The Review and Herald, 18 de Novembro de 1902. Ev 632 1 Ensinar e viver as doutrinas -- Os servos de Deus têm de empregar o máximo cuidado com relação às doutrinas que ensinam, ao exemplo que dão e à influência que exercem nos que se associam com eles. O grande apóstolo apela para a igreja e para Deus a fim de que testifiquem da verdade e sinceridade de sua profissão de fé. "Vós e Deus sois testemunhas", diz ele, "de quão santa, e justa, e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco." -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900. Ev 632 2 Evitai enredar-vos com negócios -- Devemos ser coobreiros Seus. Os que se acham em Seu serviço precisam separar-se de todo embaraço de negócios que lhes manchem o caráter cristão. Os pescadores chamados pelo Salvador, deixaram imediatamente suas redes. Os que se entregam à obra do ministério não se devem enredar com ramos de negócios que venham a trazer aspereza a sua vida, e sejam detrimentos a seu progresso espiritual na obra que o Senhor lhes deu a fazer. -- Carta 53, 1905. Ev 632 3 É fatal a insinceridade -- Importa que não haja na vida do obreiro nenhuma duplicidade, nenhum caminho tortuoso. Conquanto o erro, mesmo nutrido em sinceridade, seja perigoso para quem quer que seja, a insinceridade no que respeita à verdade, é fatal. -- The Medical Missionary, Janeiro de 1891. Ev 632 4 Um espírito áspero nega a Cristo -- Os homens podem falar fluentemente sobre doutrinas, e podem exprimir vigorosa fé em teorias; possuem eles, porém, mansidão e amor semelhantes a Cristo? Caso revelem um espírito áspero, crítico, estão negando a Cristo. Se não são bondosos, brandos de coração, longânimos, não são semelhantes a Jesus; enganam sua própria alma. Um espírito contrário ao amor, à humildade, à mansidão e à benignidade de Cristo, nega-O, seja qual for a profissão de fé. -- The Review and Herald, 9 de Fevereiro de 1892. Ev 633 1 Falai de fé e de animação -- Cuidemos de nossas palavras. Falemos de fé, e teremos fé. Não deis nunca lugar a um pensamento de desânimo na obra de Deus. Nunca deixeis escapar uma palavra de dúvida. Isto é qual semente semeada, tanto no coração do que a profere, como no dos ouvintes, para produzir uma colheita de desânimo e incredulidade. -- Carta 77, 1895. Ev 633 2 A crítica aos coobreiros deprime -- Cabe-nos o privilégio de proferir palavras que animem nossos companheiros de trabalho e os que se nos associam; não, de dizer aquilo que deprime. Não é sábio comparar-nos com outros obreiros, falando de suas falhas, e suscitando objeções a seus métodos de trabalho. Não seria de surpreender se os que trabalham sob sérias responsabilidades, e que têm muitas provas a enfrentar, errassem por vezes. ... Ev 633 3 Familiarizemo-nos com o bem que está sendo realizado por nossos irmãos, e falemos sobre isto. -- Carta 204, 1907. Ev 633 4 O ciúme e a suspeita produzem desunião -- Coisa alguma retarda e entrava tanto a obra em seus vários ramos, como o ciúme e as suspeitas e desconfianças. Isto revela dominar a desunião entre os obreiros de Deus. O egoísmo, eis a raiz de todo mal. -- Carta 113a, 1897. Ev 633 5 Mal irreparável aos coobreiros -- Ninguém seja severo e ditatorial em seu trato com os obreiros de Deus. Aqueles que são propensos a criticar, lembrem-se de que têm cometido erros tão prejudiciais como os que eles condenam nos outros. Dobrem-se eles em contrição diante de Deus, pedindo perdão pelas coisas ríspidas que têm falado, e o espírito não controlado que têm manifestado. Lembrai-vos de que Deus ouve toda palavra que proferis e que, como julgais, sereis julgados. ... Ev 634 1 Não remediaremos as dificuldades existentes esforçando-nos para restaurar os feridos, em vez de decepar-lhes os membros, deixando-os aleijados para o resto da vida, sua utilidade prejudicada, quando poderiam haver sido restaurados? -- Manuscrito 143, 1902. Ev 634 2 A crítica feita aos outros, prejudica o próprio trabalho -- Os planos e métodos dos obreiros de Deus devem ser inteiramente expurgados dos métodos mundanos. Sua obra deve ser levada a cabo com simplicidade cristã. Lembrai-vos de que o que toma a posição de crítico, enfraquece grandemente as próprias mãos. Deus não constituiu dever de nenhum homem, de mulher alguma, criticar seus coobreiros. -- The Review and Herald, 2 de Setembro de 1902. Ev 634 3 A tentação especial de Satanás -- Caso os homens queiram colocar-se em posição onde possam ser usados por Deus, não devem criticar outros, exporem-lhes os defeitos. Esta é a tentação especial de Satanás, com a qual se esforça por entravar a obra. -- Manuscrito 152, 1898. Ev 634 4 A presunção derriba a obra -- Precisamos de homens que fortaleçam e edifiquem a obra, não que derribem e procurem destruir o que os outros estão buscando realizar. Precisamos de homens e mulheres em quem Deus possa operar, cujo terreno do coração tenha sido lavrado e desterroado. Ev 634 5 Não necessitamos de obreiros que precisem ser apoiados e conduzidos pelos que já se acham há muito na fé, que se consideram um todo perfeito. A esses, diríamos: "Ficai onde estais." Temos tido bastante que fazer com essa espécie de obreiros. Precisamos de obreiros que não se achem absorvidos no egoísmo, que não sejam presunçosos. -- Manuscrito 173, 1898. Ev 635 1 Complicar o progresso da mensagem -- Os atributos do inimigo de Deus e do homem exprimem-se muitas vezes no espírito e atitude de uns para com os outros. Eles se ferem uns aos outros, porque não partilham da natureza divina; e assim trabalham contra a perfeição de seu próprio caráter. Trazem sobre si mesmos aflições, e tornam a obra árdua e penosa, porque consideram seu espírito e defeitos de caráter preciosas virtudes, a que se devem apegar, e que devem fomentar. ... Ev 635 2 Os homens tornam a obra de promover a verdade dez vezes mais difícil do que na realidade é, buscando tomar a obra de Deus de Suas mãos para as suas próprias mãos finitas. Pensam que devem estar constantemente inventando alguma coisa para levar os homens a fazerem aquilo que eles julgam que essas pessoas devem fazer. O tempo assim gasto torna sempre a obra mais complicada; pois o grande Obreiro Mestre é deixado fora da questão no cuidado de Sua própria herança. Os homens empreendem a tarefa de assoalhar o caráter defeituoso dos outros, e só conseguem tornar os defeitos muito piores. Melhor seria que deixassem a Deus o realizar a Sua própria obra; pois Ele não os considera capazes de reformar o caráter. -- The General Conference Bulletin, 25 de Fevereiro de 1895. Ev 635 3 Lavrado e polido no serviço -- Os que são deficientes no caráter, na conduta, em hábitos e práticas, devem dar ouvidos ao conselho e à reprovação. Este mundo é a oficina de Deus, e toda pedra que pode ser usada no templo celeste, deve ser lavrada e polida, até que seja uma pedra provada e preciosa, apropriada para seu lugar no edifício do Senhor. Caso, porém, nos recusemos a ser preparados e disciplinados, seremos como pedras que não serão lavradas nem polidas, e que serão afinal rejeitadas como inúteis. -- The Youth's Instructor, 31 de Agosto de 1893. As graças da cultura e da bondade Ev 636 1 Nosso grande exemplo -- Cristo exemplificou na própria vida Seus ensinos divinos. Seu zelo nunca O levou a ficar arrebatado. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e simpatia sem sentimentalismo. Era altamente sociável; no entanto, possuía modesta dignidade que não animava indevida familiaridade. Sua temperança nunca induzia à austeridade ou farisaísmo. Ele não se conformava com este mundo; todavia não era indiferente às necessidades do menor dentre os homens. Estava alerta às necessidades de todos. -- Manuscrito 132, 1902. Ev 636 2 O modelo perfeito -- Desde Seus tenros anos até à varonilidade, Cristo viveu uma vida que era um modelo perfeito de humildade, diligência e obediência. Era sempre cuidadoso e considerado para com os outros, sempre abnegado. Ele trouxe o zelo celeste, não para ser servido, mas para servir. ... Ev 636 3 A vida abnegada de Cristo é um exemplo a todos. Seu caráter é um modelo do caráter que podemos formar, caso Lhe sigamos as pisadas. -- Manuscrito 108, 1903. Ev 636 4 Dignidade, cortesia, refinamento -- Certificai-vos de manter a dignidade da obra mediante uma vida bem ordenada e pia conversação. Não temais nunca elevar demasiado alto a norma. As famílias que se empenham na obra missionária devem aproximar-se bem dos corações. O espírito de Jesus deve penetrar a alma do obreiro; são as palavras agradáveis, de simpatia, a manifestação de desinteressado amor pela alma deles, que derribam as barreiras do orgulho e do egoísmo, e mostram aos incrédulos que possuímos o amor de Cristo; e então a verdade encontrará acesso ao coração. Tal é nossa obra, e o cumprimento do plano de Deus. Afastemos de nós toda vulgaridade, tudo quanto é rústico. Cultivemos a cortesia, o refinamento, a polidez cristã. Guardai-vos de ser abruptos e grosseiros. Não considereis tais peculiaridades como virtudes; pois Deus não as olha como tais. Esforçai-vos por não ofender quem quer que seja desnecessariamente. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1890. Ev 637 1 Cristo, nosso modelo de etiqueta -- O verdadeiro requinte nos pensamentos e maneiras aprende-se melhor na escola do divino Mestre do que por qualquer observância de regras estabelecidas. Seu amor, penetrando no coração, dá ao caráter aquele contato purificador que o modela à semelhança do Seu. Esta educação comunica uma dignidade inspirada pelo Céu e um senso das verdadeiras conveniências. Proporciona uma doçura de índole e gentileza de maneiras que nunca poderão ser igualadas pelo verniz superficial dos costumes da sociedade. -- Educação, 241 (1903). Ev 637 2 A verdadeira etiqueta -- ampla simpatia e bondade -- Muitos que dão grande valor à etiqueta, mostram pouco respeito a tudo que, apesar de excelente, deixe de corresponder à sua norma artificial. Isto significa educação falsa. Alimenta um orgulho crítico e um exclusivismo tacanho. Ev 637 3 A essência da verdadeira polidez é a consideração para com os outros. A educação essencial e duradoura é a que alarga a simpatia, favorece a afabilidade universal. -- Idem, 241 (1903). Ev 637 4 Brandura e bondade -- Ambos vós necessitais de mais suavidade no contato com os outros. Vossas palavras devem produzir um efeito calmante, não hostilizar. Encha-se-vos o coração de amor pelas almas. Trabalhai pelos que vos rodeiam com profundo e terno interesse. Se vedes alguém cometer um erro, ide ter com ele na maneira indicada por Cristo em Sua Palavra, e vede se não vos é possível considerar o assunto com brandura cristã. Orai com ele, e crede que o Salvador vos mostrará o caminho para sair da dificuldade. Ev 638 1 Os ministros necessitam muito da graça de Deus de modo a fazer aceitavelmente seu trabalho. Quando um ministro encontra os membros de uma igreja arregimentados uns contra os outros, solicite uma trégua, e procure promover entendimento e harmonia. Não dê nunca ordens e advertência de maneira ríspida e autoritária. Isto não é necessário. É trabalho mais que perdido. ... Ev 638 2 O Senhor vos convida a exercer influência enobrecedora. Recebei no coração as verdades da Palavra de Deus. Unicamente assim podeis ter a mente de Deus. Colocai-vos sob a modeladora influência do Espírito Santo. Exercereis então muito maior força no sentido do bem. ... Ev 638 3 Onde quer que reine o amor de Jesus, há paz e descanso. Onde esse amor é acalentado, há como que uma refrigerante corrente em um deserto, transformando a aridez em fertilidade. -- Manuscrito 105, 1902. Ev 638 4 Tato e bom discernimento abrandam corações -- O tato e o critério centuplicam a utilidade de um obreiro. Se profere as palavras convenientes no tempo oportuno, e manifesta o devido espírito, isto terá no coração daquele que ele está procurando ajudar, uma influência capaz de o comover. -- Obreiros Evangélicos, 119 (1915). Ev 638 5 Bondade para com os que diferem na doutrina -- Os que diferem de nós na fé e na doutrina devem ser tratados bondosamente. São a propriedade de Cristo, e teremos de encontrar-nos com eles no grande dia do ajuste final. Teremos de enfrentar-nos uns aos outros no juízo, e contemplar o registro de nossos pensamentos, palavras e ações, não como nós os encaramos, mas como eram na verdade. Deus nos prescreveu o dever de amar-nos uns aos outros como Cristo nos amou. -- The Youth's Instructor, 9 de Dezembro de 1897. Ev 638 6 Sem sentimento pessoal nem egoísmo -- Os homens devem trabalhar segundo Suas [de Deus] regras e Seus arranjos, caso queiram ser bem-sucedidos. Deus só aceitará os esforços feitos de boa vontade e com humildade de coração, sem o traço de sentimentos pessoais e de egoísmo. -- Carta 66, 1887. Ev 639 1 Calçar os sapatos do evangelho -- Meu irmão, sinto intenso desejo de que sejais um homem segundo o coração de Deus. Importa que façais uma mudança em vossa vida. Tendes preciosíssima verdade a apresentar, mas precisais calçar os sapatos do evangelho -- vossos pés devem ser "calçados ... na preparação do evangelho da paz". Vossa maneira de vos dirigir ao povo nem sempre agrada a Deus. Necessitais experimentar Seu poder convertedor na alma todos os dias. Estais cheio de resistência e energia físicas, e necessitais muito da graça de Cristo, para que se diga de vós, como dEle: "A Tua mansidão me engrandeceu." Quando o Espírito Santo tomar posse de vossa mente e reger vossos fortes sentimentos, sereis mais semelhantes a Cristo. -- Carta 164, 1902. Ev 639 2 A santidade da obra de Deus -- Lidar com coisas sagradas da mesma maneira que fazemos com os assuntos comuns é uma ofensa a Deus; pois aquilo que Ele separou para fazer Seu serviço no levar a luz ao mundo, é santo. Os que mantêm qualquer ligação com a obra de Deus não devem andar na vaidade de sua própria sabedoria, mas na sabedoria divina, do contrário estarão em risco de pôr as coisas sagradas e as comuns no mesmo nível, separando-se assim de Deus. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1896. Ev 639 3 Senso de sagrada responsabilidade -- Estão surgindo jovens para entrar na obra de Deus, alguns dos quais mal têm qualquer senso da santidade e responsabilidade dessa obra. ... Dizem tolices, brincam com as jovens, ao mesmo tempo que estão ouvindo quase diariamente as verdades mais solenes e mais de molde a comover a alma. -- Testemunhos Selectos 1:399 (1875). Ev 640 1 Não atores, mas mestres da palavra -- Vejo que deve ter lugar no ministério grande reforma antes que ele seja aquilo que Deus quer que seja. Os ministros no púlpito não têm permissão de comportar-se como representantes de teatro, tomando atitudes e expressões calculadas a causar efeito. Eles não ocupam o púlpito sagrado como atores, mas como mestres de verdades solenes. Há também ministros fanáticos que, tentando pregar a Cristo, atacam, gritam, saltam para cima e para baixo, esmurram o púlpito, como se esse exercício corporal servisse para alguma coisa. Tais momices não emprestam força alguma às verdades proferidas, antes, ao contrário, desgostam os homens e mulheres de pensar sereno e vistas elevadas. É dever dos que se entregam ao ministério deixar toda rudeza e toda conduta tempestuosa, no púlpito pelo menos. Ev 640 2 Gestos desalinhados e grosseiros não se devem tolerar nas profissões comuns da vida; quanto menos, então, deverão eles ser tolerados na sacratíssima obra do ministério evangélico! O ministro deve cultivar graça, cortesia e refinamento de maneiras. Deve conduzir-se com a calma dignidade condizente com sua elevada vocação. Solenidade, uma certa autoridade piedosa, de mistura com mansidão, eis o que deve caracterizar o porte daquele que é mestre da verdade de Deus. Ev 640 3 Os ministros não devem formar hábito de contar anedotas no púlpito; isto prejudica o poder e a solenidade da verdade que apresentam. A narração de anedotas ou incidentes que produzam riso ou um pensamento leviano no espírito dos ouvintes, é severamente censurável. As verdades devem ser revestidas de linguagem casta e cheia de dignidade; e as ilustrações devem ser de caráter semelhante. Ev 640 4 Fosse o ministério evangélico o que ele deve e poderia ser; e os mestres da verdade de Cristo estariam trabalhando em harmonia com os anjos; seriam colaboradores de seu grande Mestre. Há demasiado pouca oração entre os ministros de Cristo, e demasiada exaltação própria. Há demasiado pouco chorar entre o pórtico e o altar, clamando: "Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio." Há demasia de longos sermões doutrinais, sem uma centelha de fervor espiritual e do amor de Deus. Há demasia de gesticulações e narração de anedotas humorísticas no púlpito, e demasiado pouco se diz acerca do amor e da compaixão de Jesus Cristo. Ev 641 1 Não basta pregar aos homens; cumpre-nos orar com eles e por eles; importa não nos mantermos friamente afastados deles, mas nos aproximarmos com simpatia das almas que desejamos salvar, visitá-las e conversar com elas. O ministro que dirige a obra fora do púlpito de maneira apropriada, realizará dez vezes mais do que aquele que limita seu labor ao púlpito. -- The Review and Herald, 8 de Agosto de 1878. Ev 641 2 Evitar gracejos e pilhérias -- Este espírito de gracejos e pilhérias, de leviandade e frivolidade, é uma pedra de tropeço para os pecadores e ainda pior pedra de tropeço para os que dão lugar à inclinação do coração não santificado. O fato de que alguns têm permitido esse traço desenvolver-se a ponto de o gracejar ser neles tão natural como a respiração, não diminui seus maus efeitos. Quando alguém puder apontar uma palavra frívola proferida por nosso Senhor, ou qualquer leviandade vista em Seu caráter, ele pode sentir que a leviandade e os gracejos são desculpáveis nele próprio. Este espírito não é cristão; pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. Jesus é um modelo perfeito, e devemos imitar-Lhe o exemplo. Um cristão é a mais elevada espécie de homem, um representante de Cristo. Ev 641 3 Alguns que são dados a gracejar, e a fazer observações levianas e frívolas, podem aparecer no púlpito sagrado com apropriada dignidade. Podem ser capazes de passar imediatamente à contemplação de assuntos sérios, e apresentar a seus ouvintes as mais importantes e probantes verdades já confiadas a mortais; mas talvez seus companheiros de trabalho, a quem eles influenciaram, e que se lhes uniram nos descuidosos gracejos, não possam mudar tão depressa o curso de seus pensamentos. Sentem-se condenados, a mente fica confundida; e acham-se incapazes de entrar na contemplação dos temas celestes e pregar a Cristo e Cristo crucificado. Ev 642 1 A disposição de dizer coisas espirituosas que provoquem riso, quando se acham em consideração as necessidades da causa, seja em uma reunião de comissão, ou da mesa, seja em qualquer outra reunião de negócios, não é de Cristo. Essa inoportuna hilaridade tem uma tendência desmoralizante. Deus não é honrado quando levamos tudo para o ridículo num dia, e no dia seguinte estamos desanimados e quase destituídos de esperança, sem luz da parte de Cristo, e prontos a criticar e murmurar. Ele Se agrada quando Seu povo manifesta solidez, resistência e firmeza de caráter, e quando possui disposição animada, contente e esperançosa. ... Ev 642 2 Caso a mente se concentre em coisas celestiais, a conversa fluirá no mesmo sentido. O coração transbordará na contemplação da esperança cristã, a mui grande e preciosa promessa registrada para nossa animação; e nosso regozijo em vista da misericórdia e bondade de Deus não precisa ser reprimido; é uma alegria que ninguém nos pode tirar. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1884. Ev 642 3 Ministros folgazãos -- Há em vossa associação um homem (não sei seu nome) que não deve estar ligado com ela como ministro, pois sua influência no espírito dos que estão buscando a verdade é desfavorável. Ele me foi apontado, sendo-me ditas estas palavras: "A obra de Deus não necessita de ministros não convertidos, folgazãos. O espírito desse homem não se acha em harmonia com a obra solene em que nos achamos empenhados." A verdade que professamos crer não precisa de homens frívolos para apresentá-la. Um homem de disposição leviana e jovial fará mais em levedar as igrejas com o mesmo espírito, do que dez homens bons podem efetuar para remover essa impressão. ... Ev 643 1 O poder convertedor de Deus deve possuir o coração dos ministros, ou eles devem buscar outra vocação. Caso os embaixadores de Cristo reconheçam a solenidade de apresentar a verdade ao povo, serão homens sóbrios, refletidos, coobreiros de Deus. Uma vez que tenham o verdadeiro senso da comissão dada por Cristo a Seus discípulos, hão de, com reverência, abrir a Palavra de Deus, e escutar a instrução do Senhor, pedindo sabedoria do Céu, para que, enquanto se colocam entre os vivos e os mortos, reconheçam que precisam prestar contas a Deus pela obra que sai de suas mãos. Ev 643 2 Que pode o ministro fazer sem Jesus? Verdadeiramente nada. Então, se ele é um homem frívolo, brincalhão, não está preparado para cumprir o dever sobre ele posto pelo Senhor. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podeis fazer." As palavras petulantes que lhe caem dos lábios, as frívolas anedotas, as palavras proferidas a fim de provocar o riso, são todas condenadas pela Palavra de Deus, e inteiramente fora de lugar na tribuna sagrada. ... Ev 643 3 A menos que os ministros sejam homens convertidos, as igrejas ficarão enfermas e prestes a morrer. Unicamente o poder de Deus pode mudar o coração humano e impregná-lo do amor de Cristo. Só o poder de Deus pode corrigir e subjugar as paixões e santificar os sentimentos. Todos quantos ministram precisam humilhar o coração orgulhoso, submeter a própria vontade à vontade de Deus, e esconder sua vida com Cristo em Deus. Ev 644 1 Qual é o objetivo do ministério? É misturar o cômico com o religioso? O teatro é o lugar para tais exibições. Caso Cristo esteja formado no interior, caso a verdade com seu poder santificador seja introduzida no santuário interior da alma, não tereis homens folgazãos, nem também homens azedos, mal-humorados e rudes para ensinarem as preciosas lições de Cristo às almas que perecem. -- Carta 15, 1890. Ev 644 2 Andar circunspectamente -- Toda postura, que é tão comum, como gestos teatrais, toda leviandade e frivolidade, todo gracejo e pilhéria, devem ser considerados pelos que levam o jugo de Cristo como não sendo "convenientes" -- uma ofensa a Deus e negação de Cristo. Isto incapacita o espírito para o pensar sólido e o sólido labor. Torna os homens ineficientes, superficiais e espiritualmente enfermos. ... Ev 644 3 Que todo ministro seja calmo. Ao estudar ele a vida de Cristo, verá a necessidade de andar circunspectamente. Todavia, pode ser e será, caso esteja ligado com o Sol da Justiça, alegre e feliz, manifestando os louvores dAquele que o chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Sua conversação será pura, inteiramente limpa de toda frase de gíria. -- Manuscrito 8, 1888. Aplicação à obra Ev 644 4 Dedicação à sua obra -- Cristo absorvia-Se na obra que viera fazer. Sua dedicação ao trabalho de salvar a raça perdida manifestava-se em todas as ocasiões . -- Manuscrito 132, 1902. Ev 644 5 O serviço prestado de coração pelo obreiro -- Empreendei esta obra como sendo a obra do Senhor, fazendo-a com reflexão e paciência. Isto é um serviço real, que o Mestre aprovará. Trabalhai com clara percepção da obrigação que sobre vós pesa, sabendo que anjos de Deus se acham presentes, para pôr o selo celeste sobre a fidelidade, e condenar a infidelidade de qualquer espécie. Ev 645 1 O empreender corajosamente a obra que necessita ser feita e nela pôr o coração, torna o trabalho um prazer, e traz êxito. Assim Deus é glorificado. ... Ev 645 2 Ao realizardes fielmente vossa obra, vossa mente assemelhar-se-á à mente de Cristo. Buscai, por meio de oração e súplicas, as bênçãos prometidas. Pedi a Deus que vos dê verdadeira compreensão da obra a ser realizada. Não vos deixeis desviar nem ser entravados por qualquer influência contrária. Desempenhai fielmente vossa parte no levar bênçãos a vossos semelhantes. Louvai a Deus pelo privilégio de cooperar com Ele em Sua obra. Ao pordes todo o coração na obra a ser feita, entrais em verdadeiro companheirismo com vossos coobreiros. Vereis Cristo em vossos irmãos. ... Ev 645 3 Enfadonhos são todos os deveres em que se não põe o coração. O tempo é ouro. Há uma obra a ser feita, e em sua execução cumpre-nos pôr o coração inteiro. Os deveres colocados por Deus em nosso caminho, devemos cumprir, não como tarefa árida e fria, mas como um serviço de amor. Introduzi em vosso trabalho as mais elevadas faculdades e simpatias. E verificareis que Cristo nele está. Sua presença tornará a tarefa leve, e o coração se vos encherá de alegria. Trabalhareis em harmonia com Deus, em lealdade; amor e fidelidade. Ev 645 4 Devemos ser cristãos sinceros, diligentes, cumprindo fielmente os deveres postos em nossas mãos, e olhando sempre para Jesus, autor e consumador de nossa fé. A recompensa a recebermos não depende de nosso aparente êxito, mas do espírito em que nossa obra é feita. ... Ev 646 1 Todas as faculdades de nosso ser devem ser empenhadas em serviço abnegado. Cumpre empregar todo talento. Aproveitai melhor o futuro do que o fizestes ao passado. Dai vossos talentos aos banqueiros, pois Cristo tem fome de almas. -- Manuscrito 20, 1905. Ev 646 2 Energia e meticulosidade -- O Senhor não Se agrada de que Sua obra seja feita descuidadamente, ou que seja penosamente levada como se fosse uma enfadonha tarefa. Não temos tempo a perder em movimentos lentos, de má vontade. O interesse que devemos ter em tudo que fazemos tornará nossa obra interessante e educativa. -- Carta 147a, 1897. Ev 646 3 Perseverante energia e acurada aplicação -- Onde há falta de perseverante energia e acurada aplicação nos assuntos temporais e nas transações de negócios, será visível a mesma deficiência nas coisas espirituais. -- Testimonies for the Church 2:498. Ev 646 4 Excedido em tática de guerra por Satanás -- Depois do que vos foi mostrado quanto a vossa inclinação de ser vagaroso e moderado e de permitir que passem as oportunidades sem serem aproveitadas, perdeis tempo, perdeis interesse, e levais as coisas com tanta moderação que Satanás vos excede repetidamente na tática da guerra. Não é uma obra indiferente e comum aquela em que vos achais empenhado entre um povo afastado de Deus, e que necessita os mais zelosos esforços em seu favor. ... Ev 646 5 Se mal há alguma coisa a apresentar por vossos labores em todo esse tempo que tendes estado nos vales, penso que não sois o homem para aquele campo. ... Ev 646 6 Acaso planejastes para tornar essas reuniões tão interessantes quanto possível? Espero que tenhais na alma a preocupação da obra. Tendes permanecido junto da tenda, justo no terreno, ou tornastes uma necessidade o ir à casa todo dia, e ajuntar sobre vós preocupações que nada têm que ver com a obra? Esse trabalho na obra de Deus, para enfrentar as trevas morais, exige abnegação, fadiga, perseverante esforço e fé fervorosa. Muitos se lisonjeiam de que poderiam fazer grandes coisas se tão-somente tivessem oportunidade, mas sempre alguma coisa os impede; a Providência lhes tem de tal modo impedido o caminho, que não puderam fazer o que desejavam. Não esperamos que alguma grande ocasião se nos depare no caminho, mas mediante ação pronta e vigorosa precisamos apoderar-nos das oportunidades, criá-las e dominar as dificuldades. Ev 647 1 Necessitais de energia vital vinda do Céu. Precisamos, em nossa obra, não somente malhar o ferro enquanto está quente, mas aquecer o ferro malhando-o. Movimentos vagarosos, comodistas, indolentes, nada farão por nós nessa obra. Precisamos instar a tempo e fora de tempo. Críticos são os tempos atuais para trabalhar. Com hesitação e demora, perdemos muitas oportunidades boas. ... Ev 647 2 O que mais entrava o caminho para cumprirdes o dever, é a irresolução, falta de firmeza nos propósitos, indecisão. Que Deus vos ajude a revestir-vos da armadura, e fazer a obra de vosso Mestre. -- Carta 13, 1886. Ev 647 3 Diligência -- fidelidade -- obediência à direção -- Os interesses do reino de Cristo pedem diligência e fidelidade em grau tanto maior quanto as coisas espirituais e eternas são de maior importância do que as coisas temporais. Não deve haver frouxidão no trabalho, nem ação vagarosa e tardia, pois isto poria em risco nossa própria alma e a dos outros. ... Ev 647 4 Que general assumiria o comando de um exército quando os oficiais sob a sua direção se recusam a obedecer até que se achem convencidos de que suas ordens sejam razoáveis? Tal atitude significaria ruína para todo o exército. Enfraqueceria as mãos dos soldados. Surgiria em seu espírito a pergunta: Não haverá um meio melhor? Mas mesmo que haja um meio melhor, as ordens devem ser obedecidas, do contrário o resultado seria derrota e desastre. Um momento de demora, e a vantagem que se poderia obter ficaria perdida. Ev 648 1 Todo bom soldado obedece implícita e prontamente às ordens de seu capitão. A vontade do comandante tem de ser a vontade do soldado. Por vezes ele se surpreenderá com a ordem dada, mas não deve se deter para indagar o porquê. Quando a ordem do capitão contraria os desejos do soldado, não lhe cabe hesitar nem queixar-se, dizendo: Não vejo coerência nesses planos. Não deve formular desculpas e deixar seu trabalho por fazer. Soldados dessa espécie não seriam aceitos como aptos para se empenharem em batalhas terrenas, e muito menos serão eles aceitos no exército de Cristo. Quando Cristo ordena, Seus soldados devem obedecer sem hesitação. Precisam ser soldados fiéis, do contrário Ele os não pode aceitar. A toda alma é concedida liberdade de escolha, mas depois que o homem se alistou, requer-se que seja tão verdadeiro como o aço, seja para a vida, seja para a morte. -- Manuscrito 71, 1900. Ev 648 2 É essencial mente disciplinada, organizada -- Os que ensinam a Palavra não devem esquivar-se à disciplina mental. Todo obreiro, ou grupo de obreiros, deve mediante perseverantes esforços, estabelecer regras e regulamentos que levem à formação de hábitos corretos de pensamento e de ação. Esse preparo não somente é necessário para os obreiros jovens, mas para os de mais idade também, a fim de seu ministério ser isento de erros, e seus sermões serem claros, precisos e convincentes. Ev 648 3 Certas mentes são mais como velhos bazares de curiosidades do que outra coisa. Muitos retalhos e fragmentos da verdade foram recolhidos e armazenados ali; não sabem, porém, como apresentá-los de maneira clara e harmônica. É a relação que essas idéias têm umas com as outras, que lhes dá valor. Toda idéia e declaração deve estar tão intimamente unida como os elos de uma cadeia. Quando um ministro lança uma grande quantidade de assuntos perante o povo a fim de que eles a assimilem e ponham em ordem, seu trabalho é perdido; pois serão poucos os que farão isto. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1886. Ev 649 1 O serviço metódico promove o êxito -- Há jovens, homens e mulheres, que não possuem método no trabalho. Embora estejam sempre ocupados, não podem apresentar senão pequenos resultados. Têm idéias errôneas quanto ao trabalho, e acham que estão trabalhando arduamente, quando se houvessem exercitado método em seu trabalho, e se aplicado inteligentemente ao que tinham de fazer, teriam produzido muito mais em menos tempo. Demorando-se nos assuntos menos importantes, acham-se apressados, perplexos e confusos quando são chamados a cumprir os deveres mais importantes. Estão sempre fazendo e, pensam, trabalhando arduamente; todavia pouco têm a apresentar por seus esforços. -- The Youth's Instructor, 31 de Agosto de 1893. Ev 649 2 Método e prontidão poupam tempo -- Precisa haver homens que comecem uma obra na devida maneira, e se atenham a ela e vão avante com firmeza. Tudo deve ser feito segundo um plano bem elaborado, e com método. Deus confiou a homens Sua sagrada obra, e pede que a façam cuidadosamente. É essencial a regularidade em tudo. Nunca chegueis tarde a um encontro marcado. Em nenhum departamento ou escritório se deve perder tempo com conversas desnecessárias. A obra de Deus requer coisas que não recebe porque os homens não aprendem do Deus da sabedoria. Eles forçam em sua vida demasiadas coisas, adiam para amanhã aquilo que lhes exige a atenção hoje, e perde-se muito tempo em ajuntar penosamente as malhas perdidas. ... Ev 650 1 Alguns obreiros devem abandonar os vagarosos métodos de trabalho predominantes, e aprender a ser rápidos. A presteza é necessária da mesma maneira que a diligência. Se desejarmos executar a obra de acordo com a vontade de Deus, ela deve ser feita de maneira expedita, mas não sem reflexão e cuidado. -- Manuscrito 24, 1887. Ev 650 2 Organizar nosso trabalho diário -- As pessoas que não adquiriram hábitos de estrita operosidade e economia de tempo, devem ter regras estabelecidas para as estimular à regularidade e à presteza. George Washington foi habilitado a realizar grande quantidade de negócios, porque era exato em conservar a ordem e a regularidade. Cada papel tinha sua data e seu lugar, e tempo algum era perdido em procurar o que não estava no lugar designado. -- Obreiros Evangélicos, 277, 278 (1880). Ev 650 3 Ter iniciativa -- Quando um obreiro é colocado em certo setor da vinha do Senhor, seu trabalho lhe é dado como a um fiel coobreiro de Deus, para trabalhar naquela vinha. Ele não deve esperar que, a cada ponto, lhe seja indicado por mentes humanas o que ele precisa fazer, mas planejar seu trabalho para fazê-lo onde for necessário. Deus vos concedeu energia cerebral para ser empregada. As carências dos crentes e as necessidades dos incrédulos devem ser estudadas cuidadosamente, e vossos labores devem satisfazer essas necessidades. Cumpre-vos indagar de Deus e não de qualquer vivente o que haveis de fazer. Sois servo do Deus vivo, e não de qualquer homem. Não podeis efetuar inteligentemente a obra de Deus sendo a sombra dos pensamentos e orientações de outro homem. Estais sob a direção de Deus. -- Carta 8, 1895. Ev 650 4 Presteza evita confusão -- Há entre os obreiros certa falta de aptidão, certa confusão, falta de compreensão mútua e de prontidão. As coisas não são feitas a tempo. Em conseqüência surgem complicações e dificuldades difíceis de vencer, devido à falta de ação coesa. Caso não seja remediado, esse estado de coisas se manifestará e fará sentir ainda mais no futuro, pois a obra crescerá e se tornará maior a necessidade de perfeito entendimento dos negócios nesta casa. O infeliz hábito de negligenciar uma obra especial que precisa ser feita a determinado tempo, triplica a dificuldade de efetuá-la posteriormente com exatidão e sem deixar alguma coisa negligenciada ou por terminar. -- Manuscrito 24, 1887. Ev 651 1 Levantar-se a horas regulares -- Alguns jovens são muitos contrários à ordem e disciplina. Não respeitam os regulamentos do lar, levantando-se a uma hora certa. Ficam na cama por horas depois do amanhecer, quando todos devem estar em movimento. Queimam a lâmpada da meia-noite, dependendo de luz artificial para suprir a luz provida pela Natureza em horas convenientes. Assim fazendo, não somente desperdiçam preciosas oportunidades, como causam despesas extras. Em quase todos os casos, porém, a alegação é: "Não posso terminar o serviço; tenho alguma coisa a fazer; não posso deitar cedo." Assim ficam profundamente adormecidos quando deviam estar despertos com a Natureza e as aves madrugadoras. Os preciosos hábitos de ordem são desfeitos; e os momentos assim ociosamente gastos de manhã cedo descontrolam o andamento do serviço para todo o dia. Ev 651 2 Nosso Deus é um Deus de ordem, e deseja que Seus filhos queiram pôr-se em ordem, e sob Sua disciplina. Não seria melhor, portanto, romper com esse hábito de transformar a noite em dia, e as frescas horas matinais em noite? -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897. Ev 651 3 Vantagens de fazer as coisas a tempo -- O ter um tempo para as coisas traz boa impressão sobre a verdade. Perdem-se freqüentemente vitórias por causa de demora. Haverá crises nesta causa. A ação pronta e decisiva no justo momento, trará em resultado gloriosos triunfos, ao passo que o atraso e a negligência ocasionarão grandes fracassos e positiva desonra a Deus. -- Testimonies for the Church 3:498 (1875). Ev 652 1 O valor de usar bloco de anotações -- Se a mocidade formar hábitos de regularidade e ordem, aproveitará na saúde, na disposição, na memória e no humor. Ev 652 2 É dever de todos observarem regras estritas em seus hábitos de vida. Isto para vosso próprio bem, queridos jovens, tanto física como moralmente. Quando vos levantardes pela manhã, considerai, tanto quanto possível, o trabalho que deveis efetuar durante o dia. Caso seja necessário, tende um bloquinho de anotações em que escrevais as coisas a serem feitas, e estabelecei-vos o tempo em que deveis realizar o trabalho. -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897. Ev 652 3 Não limitar o trabalho a determinadas horas -- O sistema de oito horas não encontra lugar no programa do ministro de Deus. Ele deve-se manter de prontidão a qualquer hora. -- Obreiros Evangélicos, 451 (1915). Ev 652 4 O trabalho do Salvador à tardinha -- Todo o dia ajudava aos que a Ele vinham; à tardinha atendia aos que tinham que labutar durante o dia pelo sustento da família. -- A Ciência do Bom Viver, 18 (1905). Ev 652 5 O trabalho diligente ajuda a responder à oração -- Ao passo que nos cumpre orar pedindo as bênçãos de Deus, temos de secundar nossas súplicas com trabalho mui diligente, cabal, zeloso. -- Manuscrito 25, 1895. Ev 652 6 Não depender de milagres -- Deus geralmente não opera milagres para promover Sua verdade. Se o lavrador negligencia cultivar o solo depois da semeadura, Deus não opera nenhum milagre para impedir o seguro resultado da negligência. Na colheita, ele achará seu campo infrutífero. Deus opera segundo grandes princípios apresentados por Ele à família humana, e a nós cabe elaborar planos sábios, e pôr em operação os meios pelos quais Deus produzirá determinados resultados. Ev 653 1 Os que não fazem esforços decididos, mas esperam apenas que o Espírito Santo os impulsione à ação, perecerão nas trevas. Gostaríamos de perguntar aos que estão esperando por um milagre: Quais dos meios postos por Deus ao vosso alcance foram experimentados? Perguntaríamos aos que estão à espera de que se realize alguma obra sobrenatural, que dizem simplesmente: "Crê, crê": Tendes-vos submetido à revelada ordem de Deus? O Senhor disse: "Farás" e "Não farás". Ev 653 2 Estudem todos a parábola dos talentos, e compreendam que Deus deu a cada um a sua obra -- a todo homem Ele confiou seus talentos, para que, exercitando sua capacidade, aumente a própria eficiência. Não deveis sentar-vos quietamente, sem nada fazer na obra de Deus. -- The Review and Herald, 28 de Setembro de 1897. Ev 653 3 Não sejais negligentes -- Trabalhai pelos que estão desperdiçando sua vida, realizando apenas metade do que poderiam fazer para o Mestre. Esforçai-vos por despertá-los para o senso de sua responsabilidade. Orai uns pelos outros, e uns aos outros exortai, e tanto mais quanto virdes que se vai aproximando aquele dia. Diga o irmão a seu irmão e a irmã a sua irmã: "Vem, meu coobreiro, ponhamos toda a diligência em nossa obra; pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar." Ninguém perca minutos falando quando devia estar trabalhando. Ev 653 4 Lembre-se o conversador de que há tempos em que ele não tem o direito de conversar. Há os que dedicam tempo a ficar parados. Ouça-se a voz da fiel sentinela: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Tendes acaso serviço a fazer para o Mestre? É construir uma casa em que seja levada avante Sua obra? Cerrai os lábios. Não torneis os outros ociosos, tentando-os a ouvir vossa conversa. Muitos perdem o tempo quando um emprega a língua em vez dos utensílios de trabalho. -- Manuscrito 42, 1901. Ev 654 1 Os ministros não se devem empenhar em negócios seculares -- Desejo dizer aos irmãos _____ e _____ que seu trabalho é em grande parte entre incrédulos. Os que são bem-sucedidos expositores da verdade bíblica, devem colocar-se perante os que não ouviram a mensagem para este tempo. Os irmãos que acima mencionei têm uma obra a fazer nas reuniões campais, que se devem realizar nas grandes cidades. Eles, porém, se acham em risco de se inabilitarem para fazer a obra que Deus lhes deu a fazer. O Pastor _____ perderá por certo sua compostura a menos que deixe de se interessar em trabalho que o Senhor não requer, trabalho que exige atenção a detalhes de negócios. Empenhando-se em ocupações seculares, não estaria fazendo aquilo que lhe foi designado por Deus. A proclamação da mensagem evangélica, eis o que lhes será luz e vida. -- Manuscrito 105, 1902. Ev 654 2 Visar unicamente a glória de Deus -- A constante ocupação de Satanás é entravar a obra de Deus, e trabalhar para destruição da raça humana. Freqüentemente, quando o interesse em uma localidade se acha no auge, ele faz parecer ao espírito do obreiro que algum assunto insignificante em casa é de grande importância, exigindo-lhe a imediata presença. Se o obreiro não visa unicamente a glória de Deus, deixa o serviço por terminar, e corre para casa. Talvez seja ali detido por dias e mesmo semanas, e o trabalho anterior fica atrapalhado e desanda. Perde-se malha após malha, para nunca mais serem retomadas. Isto agrada o inimigo. E ao ver ele que é bem-sucedido em tornar os assuntos seculares de primeira importância no espírito dessa pessoa, enche-lhe as mãos de dificuldades. Começa imediatamente a engendrar problemas domésticos, de modo a embaraçar-lhe a mente, e se possível, mantê-lo afastado do trabalho. ... Ev 655 1 Ao tempo em que as almas estão no ponto de decidir pró ou contra a verdade, não consintais, eu vos rogo, em ser afastado de vosso campo de labor. Não o abandoneis ao inimigo, eu diria, ainda que alguém esteja morto em vossa casa. Cristo disse: "Segue-Me; e deixa aos mortos o enterrar os seus mortos." Se tão-somente pudésseis ver a importância da obra segundo ela me foi apresentada, seria sacudida para longe a paralisia de que muitos estão possuídos, e haveria uma ressurreição e reavivamento mediante Jesus Cristo. ... Ev 655 2 Caso assumamos firmemente nossa posição como obreiros de Deus, dizendo: "O Senhor nos deu uma mensagem, e não podemos ser fiéis atalaias a menos que estejamos em nosso posto de dever; levaremos a obra avante através de todos os perigos", então verificaremos que anjos de Deus ministrarão à nossa família no lar, e dirão ao inimigo: "Para trás." -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 127, 128 (1886). Concentrar na tarefa principal Ev 655 3 Almas perdidas por causa de esforços divididos -- Alguns ministros se têm entregue ao trabalho de escrever durante um período de decidido interesse religioso, e freqüentemente se tem dado que esses escritos não tinham absolutamente ligação especial com a obra em mãos. Isto é um erro manifesto; pois em tempos assim é dever do ministro empregar toda a sua força em levar avante a causa de Deus. Seu espírito deve estar despreocupado, e centralizado no único objetivo de salvar almas. Estivessem seus pensamentos embaraçados com outros assuntos, perder-se-iam para a causa muitos que seriam salvos mediante oportuna instrução. -- Testimonies for the Church 4:265 (1876). Ev 656 1 Perda devido a esforços divididos -- Vosso erro tem sido este: Assim que iniciais uma série de reuniões, começais a escrever muito. Ora, se vossa parte da obra é escrever, se Deus vos disse, como fez a João: "Escreve estas coisas", então dedicai-vos a isso, e não tenteis outra coisa. Se tendes de falar, vossa mente não é tão vigorosa, se bem que intensamente ativa, que sustente a tensão de falar, visitar e escrever. Deveis deixar vossa mente descansar grandemente, quando vos empenhais no esforço de apresentar verdades novas e surpreendentes ao povo, verdades cuja recepção envolve uma cruz. Precisais escolher com cuidado o assunto, fazer breves vossos discursos, e muito claros os importantes pontos da doutrina. ... Ev 656 2 Para que sejais bem-sucedidos nesta obra, importa fazerdes uma coisa só de uma vez, concentrar as faculdades nesse único trabalho. A esse respeito, vosso juízo é falho. Ao começardes a fazer uma série de conferências, ponde isto em primeiro lugar. Não comeceis a escrever cartas e artigos para as revistas; assim fazendo, dividis vossas energias. O Pastor _____ e o Pastor _____ foram corrigidos quanto a isto. O Senhor mostrou-me que a importante obra de apresentar a verdade estava sendo deslustrada em suas mãos; nem metade da energia era posta no trabalho, devido a dedicarem eles tanto tempo a escrever cartas. Visitar, eis a parte importante desse labor; mas o tempo desses irmãos era ocupado em quase contínuo escrever, o que os fatigava, ocupava-lhes o tempo e não ajudava o trabalho em mãos, antes o prejudicava. O povo ficava privado da exposição clara e convincente das Escrituras, e a parte devocional da obra era negligenciada. ... Ev 657 1 Eis a razão: Fora do púlpito, empregavam muito de seu tempo em escrever, desculpando-se quanto a visitar por se acharem tão ocupados e fatigados. Em resultado, tinham o cérebro cansado quando chegavam ao púlpito; não podiam efetuar uma obra sobre que Deus pudesse colocar Seu selo. Não faziam nada com clareza. Todavia, se se excitavam a um alto grau, julgavam que seus discursos eram poderosos. Tocavam nisto e naquilo, apresentando grande massa de assunto que julgavam convincente e avassaladora prova, mas em realidade a verdade ficava soterrada sob uma massa de matéria que eles lançavam sobre os ouvintes, de modo que os pontos se perdiam ali. Tudo quanto apresentavam era turvo. Tantos assuntos eram apresentados em uma conferência, que ponto algum ficava provado e patente ao espírito dos que não estavam familiarizados com a verdade. ... Um assunto, alguns pontos esclarecidos e patenteados, seria de mais valor para os ouvintes do que essa quantidade de matéria que talvez chameis de provas, e julgais haver corroborado vosso ponto de vista. -- Carta 47, 1886. A saúde e seus princípios Ev 657 2 Os evangelistas tentados a negligenciar a saúde -- Satanás opera para destruir. Ele gostaria de levar o espírito dos que amam a Deus e estão pregando o evangelho a serem negligentes com sua saúde física, pois esta tem muito que ver com a norma geral de virtude. Há ministros que dedicam demasiado tempo a pregar, e exaurem as forças vitais. ... São os muitos discursos longos que fatigam. Seria de muito mais proveito metade do alimento evangélico apresentado. -- Carta 91, 1898. Ev 658 1 A tensão do evangelismo -- Vossas reuniões de domingo à noite são pesado esforço para vós, pois vos permitis chegar a uma alta tensão. Depois, posteriormente, sobrevém uma reação correspondente e, em resultado, vossa associação com a igreja não produz paz e justiça. ... Ev 658 2 O tremendo esforço que fazeis em preparar-vos para as reuniões, deixa de realizar a obra mais necessária. Podeis ser louvado e exaltado pelos homens, porém isto não é prova de que vosso trabalho exerça a devida influência. Ev 658 3 Assim diz o Senhor: "É preciso que vos guardeis de excitar-vos a uma alta tensão no preparo para falar ao povo." -- Carta 51, 1902. Ev 658 4 Temperança na obra de Deus -- Os servos de Cristo não devem tratar sua saúde com indiferença. Ninguém trabalhe a ponto de exaustão, incapacitando-se assim para futuros esforços. Não tenteis amontoar num dia o trabalho de dois. Afinal, verificar-se-á que os que trabalham cuidadosa e sabiamente, terão realizado tanto como os que expõem de tal modo sua resistência física e mental, que não possuem mais reservas de onde tirar no momento necessário. -- Obreiros Evangélicos, 244 (1915). Ev 658 5 Trabalhar inteligentemente -- Todo obreiro deve trabalhar inteligentemente, tendo em vista unicamente a glória de Deus. Cumpre-lhe cuidar de não abusar de nenhuma das faculdades que lhe foram dadas por Ele. Ev 658 6 O Senhor, meu irmão, quer que reformeis vosso método de trabalho, a fim de terdes mente equilibrada, caráter simétrico, e força espiritual para aconselhar com sabedoria. Os homens experientes no conhecimento da verdade são demasiado poucos para serdes sacrificado. Estais quase continuamente sobrecarregando vossas faculdades, tanto físicas como mentais, pois vos permitis sentir com demasiada intensidade. Tendes imaginação demasiado viva, e pondes muita intensidade em vossas pregações, o que mantém a mente numa contínua tensão, a voz em elevado tom, e não somente vós vos fatigais, como o povo fica aborrecido, e seu interesse afrouxa. A reação vem com certeza; pois não sabeis como vos moderar gradualmente de tal tensão, e o pobre corpo mortal sente o cansaço. Segue-se depressão proporcional. Ev 659 1 Não deveis permitir que vossos labores se tornem assim tão desnecessariamente pesados. Sobrecarregais a vós mesmo tanto no escrever como no pregar. Deus não exige isto. Observai estritamente as leis da saúde, e estareis refrigerados para fazer um bom trabalho para o Mestre; tereis novo maná para alimentar as ovelhas na pastagem de Cristo. -- Carta 39, 1887. Ev 659 2 Concedei-vos os necessários períodos de repouso -- Alguns de nossos ministros acham que precisam realizar cada dia qualquer trabalho que possam relatar para a Associação. E, em resultado de o buscar fazer, seus esforços são muitas vezes débeis e ineficientes. Eles devem ter períodos de repouso, de inteira liberdade de trabalho intenso. Esses períodos, porém, não podem tomar o lugar do exercício físico diário. -- Obreiros Evangélicos, 240 (1915). Ev 659 3 Preparo para futuros deveres -- Quando um obreiro tem estado sob grande pressão de cuidado e ansiedade, achando-se esgotado no corpo e na mente, deve afastar-se e descansar um pouco, não para satisfação egoísta, mas para que esteja melhor preparado para os deveres futuros. Temos um inimigo vigilante, que se acha sempre em nossas pegadas, pronto a se aproveitar de qualquer fraqueza que possa auxiliá-lo em tornar suas tentações eficazes. Quando a mente está esgotada e o corpo enfraquecido, ele intensifica sobre a alma suas mais cruéis tentações. Economize o obreiro suas forças e, quando fatigado pela lida, vá à parte, e comungue com Jesus. -- Idem, 245 (1915). Ev 660 1 Evitar a tensão do excesso de trabalho -- Ouço falar de obreiros cuja saúde está falhando sob a tensão dos encargos que sobre eles pesam. Isto não deveria acontecer. Deus quer que nos lembremos de que somos mortais. Não devemos abarcar demasiado em nosso trabalho. É preciso não nos mantermos sob tal tensão que nossas faculdades mentais e físicas fiquem exaustas. Necessitam-se mais obreiros, a fim de que alguns dos encargos sejam removidos dos que se encontram agora tão duramente sobrecarregados. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1904. Ev 660 2 Tempo para aliviar a tensão, exercício e responsabilidades familiares -- Se, durante seus momentos de folga, um ministro se empenha em trabalho no pomar ou na horta, deduzirá ele esse tempo de seu salário? Certamente não, da mesma maneira que ele não inclui o tempo quando chamado para trabalhar horas extraordinárias em obra ministerial. Alguns ministros gastam muitas horas em aparente lazer, e é justo que descansem quando lhes é possível; pois o organismo não pode resistir à rigorosa tensão, caso não haja tempo para relaxar. Horas há durante o dia, que exigem sério esforço, pelas quais o ministro não recebe pagamento extra, e se ele acha bom picar lenha algumas horas por dia, ou trabalhar no jardim, isto lhe é tanto um privilégio como pregar. O ministro não pode estar sempre pregando e visitando, pois isto é obra exaustiva. Ev 660 3 O esclarecimento que me é dado, é que, se nossos ministros fizessem mais trabalho físico, colheriam bênçãos na saúde. Após seu dia de pregação, visitas e estudo, o ministro deve ter tempo para cuidar das próprias necessidades. Caso receba apenas pequeno salário, ele pode idear como aumentar seu pequenino fundo. Os de espírito estreito talvez vejam nisto alguma coisa para criticar, mas o Senhor louva tal procedimento. Ev 661 1 Foi-me mostrado que por vezes os que fazem parte do ministério são forçados a trabalhar dia e noite, e viver com uma alimentação escassa. Ao sobrevir uma crise, cada nervo e cada músculo é forçado a pesada tensão. Pudessem esses homens sair à parte e descansar um pouco, empenhando-se em trabalho físico, seria grande alívio. Assim haver-se-iam salvo homens que baixaram ao túmulo. É positiva necessidade para a saúde física e a clareza mental fazer algum trabalho manual durante o dia. Assim o sangue é atraído do cérebro para outras partes do corpo. -- Carta 168, 1899. Ev 661 2 Contínuo aperfeiçoamento -- Nossos ministros que atingiram à idade de quarenta ou cinqüenta anos não devem sentir que seu trabalho é menos eficiente do que dantes. Os homens de idade e experiência são exatamente aqueles que hão de desenvolver vigorosos e bem dirigidos esforços. Esses homens são especialmente necessários neste tempo; as igrejas não os podem dispensar. Eles não devem falar de fraqueza física e mental, sentindo que passou seu tempo de utilidade. Ev 661 3 Muitos deles têm sofrido por causa de excesso de trabalho mental sem o refrigério do exercício físico. O resultado é a debilitação de suas faculdades, e a tendência de eximir-se às responsabilidades. O que eles necessitam é mais ativo trabalho. Isto não se limita apenas aos que já têm a cabeça alvejando com a geada do tempo, porém homens jovens têm caído no mesmo estado, e se tornado mentalmente fracos. Têm uma lista de pregações estabelecidas; mas saindo desse círculo, não mais tomam pé. Ev 662 1 O pastor à antiga, que viajava a cavalo e passava muito tempo a visitar o rebanho, gozava muito melhor saúde, apesar de seus contratempos e da maneira por que se expunha, do que nossos ministros de hoje, que evitam o quanto possível o esforço físico, e se limitam aos livros. Ev 662 2 Os ministros de idade e experiência devem sentir ser seu dever, como servos assalariados por Deus, ir avante, progredindo a cada dia, tornando-se continuamente mais eficientes em sua obra, e colhendo sem cessar matéria nova para apresentar ao povo. Cada novo esforço para expor o evangelho devia ser um aperfeiçoamento ao anterior. A cada ano devem desenvolver mais profunda piedade, espírito mais suave, maior espiritualidade, e conhecimento mais cabal da verdade bíblica. Quanto mais idade e experiência eles tiverem, tanto mais aptos devem-se achar para chegar mais perto do coração do povo, tendo mais perfeito conhecimento dos homens. -- Testimonies for the Church 4:269, 270 (1876). Ev 662 3 Ansiedades financeiras -- Quando ministros e professores, premidos pelo peso de responsabilidades financeiras, sobem ao púlpito ou entram na sala de aula com o cérebro fatigado e os nervos sobrecarregados, que se pode esperar senão que se use aquele fogo comum, em lugar do fogo sagrado ateado por Deus? Os tensos e impotentes esforços decepcionam os ouvintes, e prejudicam ao que fala. Ele não teve tempo para buscar ao Senhor, não teve tempo para pedir com fé a unção do Espírito Santo. -- Obreiros Evangélicos, 271 (1902). Ev 663 4 Evitar longas comissões noturnas -- Um ministro não se pode manter na melhor disposição espiritual quando é chamado a ajustar pequenas dificuldades nas várias igrejas. Esta não é a obra que lhe é designada. Deus quer empregar toda faculdade de Seus escolhidos mensageiros. Sua mente não deveria ser fatigada por longas reuniões de comissão à noite; pois Deus deseja que toda a sua capacidade cerebral seja usada na proclamação do evangelho tal como ele é em Cristo Jesus. Ev 663 1 Sobrecarregado, um ministro fica por vezes tão apressado, que mal encontra tempo para se examinar a si mesmo, a ver se permanece na fé. Muito pouco tempo lhe é dado para meditar e orar. Em Seu ministério, Cristo uniu a oração ao trabalho. Passava noite após noite toda em oração. Os ministros devem buscar a Deus em procura de Seu Santo Espírito, a fim de poderem apresentar devidamente a verdade. -- Manuscrito 127, 1902. Ev 663 2 Uma posição firme -- um apelo a um evangelista popular -- Foi-me claramente apresentado que o povo de Deus precisa tomar firme posição contra o comer carne. Havia Deus de dar durante trinta anos a Seu povo a mensagem de que, se quiserem possuir sangue puro e espírito claro, devem abandonar o uso da carne, caso Ele não pretendesse que Lhe dessem ouvidos à mensagem? Por meio do uso da carne é fortalecida a natureza animal, ao passo que a espiritual se enfraquece. Homens como vós, empenhados na mais solene e mais importante obra já confiada a seres humanos, precisam dar atenção especial ao que comem. Ev 663 3 Lembrai-vos de que, quando comeis carne, estais simplesmente comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe dessas coisas a nutrição que o faz crescer e o prepara para o mercado. A vida que se achava nos cereais e nas verduras passa para o animal, e torna-se parte de sua vida, e depois os seres humanos comem o animal. Por que são eles tão inclinados a comer alimento em segunda mão? Ev 663 4 No princípio, Deus declarou que os frutos eram "bons para comida". A permissão para comer carne foi conseqüência da queda. Não foi senão depois do dilúvio que o homem teve permissão de comer a carne de animais. Por que, então, precisamos comer carne? Poucos dos que a comem sabem quão cheia de doença ela é. O alimento cárneo nunca foi o melhor, e agora se acha contaminado pela doença. Ev 664 1 A idéia de matar animais para comer é, em si mesma, revoltante. Não houvesse o senso natural do homem sido corrompido pela condescendência com o apetite, e as criaturas humanas não haveriam pensado em comer a carne dos animais. Ev 664 2 Foi-nos dada a obra de promover a reforma de saúde. O Senhor quer que Seu povo esteja em harmonia uns com os outros. Como deveis saber, não abandonaremos a posição que por estes trinta e cinco anos o Senhor nos tem mandado ocupar. Acautelai-vos, não vos coloqueis em oposição à obra da reforma de saúde. Ela irá avante, pois é o meio empregado pelo Senhor para diminuir os sofrimentos em nosso mundo, e purificar a Seu povo. Ev 664 3 Cuidai com a atitude que tomais, não sejais encontrado a causar divisão. Meu irmão, enquanto deixais de introduzir em vossa vida e em vossa família a bênção que advém de seguir os princípios da reforma de saúde, não prejudiqueis a outros com o opôr-vos à luz dada por Deus sobre este assunto. Ev 664 4 Conquanto não façamos do uso da carne uma prova, conquanto não queiramos forçar ninguém a abandoná-la, é todavia nosso dever solicitar que nenhum ministro da associação trate levemente ou se oponha à mensagem de reforma neste ponto. Se, em face da luz que Deus tem dado acerca do efeito de comer carne sobre o organismo, continuais ainda a comer carne, deveis sofrer as conseqüências. Não tomeis, porém, diante do povo uma atitude que lhes dê lugar de pensar que não é necessário exigir uma reforma quanto a comer carne, pois o Senhor a requer. O Senhor nos deu a obra de proclamar a mensagem da reforma de saúde, e se não vos é possível avançar nas fileiras dos que estão dando essa mensagem, não deveis salientar isto. Contrariando os esforços de vossos coobreiros, os quais ensinam a reforma de saúde, estais deslocado, trabalhando do lado errado. -- Carta 48, 1902. A voz do obreiro evangélico Ev 665 1 O ministro é o porta-voz de Deus -- O homem que aceita a posição de porta-voz de Deus, deve considerar altamente essencial apresentar ele a verdade presente com toda a graça e inteligência que lhe seja possível, de modo que a verdade nada perca ao ser exposta perante o povo. Os que consideram coisa de somenos importância falar com dicção imperfeita, desonram a Deus. -- Manuscrito 107, 1898. Ev 665 2 Em tons cheios, claros -- A habilidade de falar com simplicidade e clareza, em acentos sonoros, é inapreciável em qualquer ramo da obra. Essa qualidade é indispensável nos que desejam tornar-se pastores, evangelistas, obreiros bíblicos, ou colportores. Os que pretendem entrar em qualquer desses ramos de trabalho, devem aprender a usar a voz de maneira tal que, ao falarem ao povo acerca da verdade, se produza uma decidida impressão para bem. A verdade não deve sofrer detrimento por ser enunciada de maneira imperfeita. -- Obreiros Evangélicos, 86 (1900). Ev 665 3 Falar claramente e com expressão -- Todos os obreiros, falem eles do púlpito ou dêem estudos bíblicos, devem aprender a falar de maneira clara e expressiva. -- Carta 200, 1903. Ev 666 1 Ler a Bíblia em voz suave e harmoniosa -- Aquele que dá estudos bíblicos na congregação ou a famílias, deve ser capaz de ler com voz branda e harmoniosa cadência, de modo a se tornar aprazível aos ouvintes. -- Obreiros Evangélicos, 87 (1900). Ev 666 2 Convincente e impressivamente -- A ciência de ler corretamente e com a própria entonação, é de alto valor. Não importa quanto conhecimento tenhais adquirido em outros sentidos, se negligenciastes o cultivo da voz e da maneira de falar de modo que possais falar e ler distinta e inteligivelmente, todo o vosso saber de pouco proveito será; pois sem a cultura da voz não podeis comunicar prontamente e de maneira distinta aquilo que aprendestes. Ev 666 3 Aprender a transmitir convincente e impressivamente o que se sabe, é de especial valor para os que desejam tornar-se obreiros na causa de Deus. Quanto mais expressão vos for possível comunicar às palavras de verdade, tanto mais eficazes serão essas palavras naqueles que as ouvem. A devida apresentação da verdade do Senhor merece nossos maiores esforços. Façam os estudantes em preparo para o serviço do Mestre decididos esforços para aprender a falar corretamente, com vigor, de modo que, quando em conversa com outros acerca da verdade, ou quando empenhados em ministério público, possam apresentar pela maneira devida as verdades de origem celeste. -- Manuscrito 131, 1902. Ev 666 4 A voz do orador afeta a decisão -- Alguns destroem a impressão solene que possam haver causado no povo por elevarem a voz demasiado alto, proclamando a verdade com brados e gritos. Quando assim apresentada, a verdade perde muito de sua doçura, sua força e solenidade. Se, porém, a voz tem a devida entonação, se é possuída de solenidade e modulada de maneira a ser comovente, produzirá muito melhor impressão. Tal era o tom em que Cristo ensinava os discípulos. Impressionava-os com solenidade; falava de maneira a comover a alma. Esse gritar, porém, que faz? Isto não dá ao povo nenhuma idéia mais exaltada da verdade, nem os impressiona mais profundamente. Causa apenas uma sensação de desagrado nos ouvintes, e fatiga os órgãos vocais do orador. Os tons da voz têm muita influência em afetar o coração dos que ouvem. -- Testimonies for the Church 2:615 (1871). Ev 667 1 O devido emprego dos órgãos vocais -- Importa dar aos órgãos vocais cuidadosa atenção e cultivo. Eles são fortalecidos pelo devido emprego, mas se enfraquecem quando usados impropriamente. Seu uso excessivo, como em pregar longos sermões, caso isto se repita muitas vezes, há de não somente prejudicar os órgãos vocais, mas ocasionar indevida tensão em todo o sistema nervoso. A delicada harpa de mil cordas vem a gastar-se, desconserta-se, e produz desarmonia em lugar de sons melodiosos. Ev 667 2 É de importância para todo orador cultivar os órgãos vocais de tal sorte que os mantenha em condições saudáveis, para que possa falar ao povo as palavras de vida. Cada um deve buscar entendimento quanto à maneira mais eficaz de usar essa faculdade a ele dada por Deus, e praticar aquilo que aprende. Não é necessário falar em alta voz ou em elevado diapasão; isto é grandemente nocivo ao orador. Os discursos proferidos com rapidez perdem muito de seu efeito; pois as palavras não podem ser pronunciadas com tanta clareza e distintamente como se fossem ditas mais pausadamente, dando aos ouvintes tempo para compreender o sentido de cada palavra. Ev 667 3 A voz humana é um precioso dom de Deus; é uma força para o bem, e o Senhor quer que Seus servos lhe conservem o acento e a melodia. A voz deve ser cultivada de modo a desenvolver-lhe a harmonia, para que soe agradavelmente ao ouvido, e impressione o coração. ... Ev 668 1 O Senhor requer que o instrumento humano não seja movido por impulso ao falar, porém proceda calmamente, fale devagar, e permita ao Espírito Santo comunicar eficiência à verdade. Nunca penseis que excitar-vos a uma paixão no discurso, falando por impulso e permitindo que os próprios sentimentos vos ergam a voz a um tom fora do natural, seja testemunho de grande poder de Deus sobre vós. ... Ev 668 2 Vossa influência deve ter vasto alcance, e as faculdades de expressão oral devem achar-se sob o controle da razão. Quando forçais os órgãos vocais, perde-se a modulação da voz. Importa vencer decididamente a tendência de falar apressado. Deus reclama do instrumento humano todo o serviço que ele pode dar. Todos os talentos concedidos a esse instrumento devem ser cultivados e apreciados, e empregados como precioso dom do Céu. Os obreiros no campo da seara são os instrumentos indicados por Deus, condutos pelos quais pode comunicar luz do Céu. O emprego descuidoso, imprevidente, de qualquer das faculdades dadas por Deus, diminui-lhes a eficácia, de maneira que, em uma emergência, quando poderia ser efetuado o máximo bem, eles se encontram tão fracos e enfermiços e inválidos, que não podem realizar senão uma pequena coisa. -- Special Testimonies, Série A, 7:9-11 (1874). Ev 668 3 É importante para o ministro o cultivo da voz -- Os professores de nossas escolas não devem tolerar nos alunos atitudes grosseiras e gestos vulgares, erradas entonações de voz na leitura, ou acentos ou ênfases incorretos. A perfeição na linguagem e na voz deve ser um ponto em que se insista com cada aluno. Devido à negligência e ao mau preparo, contraem-se muitas vezes hábitos que servem de grande entrave na obra de um ministro que, noutros sentidos, cultivou seus talentos. Cumpre gravar no aluno que está em seu poder, mediante a união da graça com o esforço, tornar-se um homem. As aptidões mentais e físicas com que Deus o adornou podem, mediante cultivo e penosos esforços, tornar-se uma força para benefício de seus semelhantes. -- Manuscrito 22, 1886. Ev 669 1 Cultivar a voz -- A educação da voz ocupa lugar importante na cultura física, visto que ela tende a expandir e fortalecer os pulmões, e desta maneira afastar as moléstias. Para se conseguir correta expressão na leitura e na fala, faça-se com que os músculos abdominais desempenhem papel amplo na respiração, e que os órgãos respiratórios, não fiquem constrangidos. Que a tensão sobrevenha aos músculos do abdômen, em vez de aos da garganta. Grande cansaço e séria enfermidade da garganta e pulmões podem-se assim evitar. Deve prestar-se cuidadosa atenção para se obter uma articulação distinta, sons macios e bem modulados, e uma enunciação não demasiado rápida. -- Educação, 199 (1903). Ev 669 2 Falar a mil com a mesma facilidade com que se faria a dez -- O falar da garganta, fazendo a voz sair da parte superior dos órgãos vocais, forçando-os e irritando-os continuamente, não é a melhor maneira de proteger a saúde ou de aumentar a eficácia desses órgãos. Deveis tomar profunda inspiração, e fazer com que a ação provenha dos músculos abdominais. Sejam os pulmões apenas o veículo, mas não dependais deles quanto ao trabalho. Caso deixeis que vossas palavras venham do profundo, exercitando os músculos abdominais, podeis falar a milhares de pessoas com a mesma facilidade com que o faríeis a dez. -- Testimonies for the Church 2:614 (1871). Ev 670 1 Respirar apropriadamente -- Os pastores devem manter-se eretos, falar devagar, com firmeza e distintamente, inspirando profundamente o ar a cada sentença, e emitindo as palavras com o auxílio dos músculos abdominais. Se eles observarem esta regra simples, atendendo às leis da saúde em outros sentidos, poderão conservar a vida e a utilidade por muito mais tempo que o podem fazer os homens em qualquer outra profissão. O peito tornar-se-á mais amplo, e ... o orador raramente fica rouco, mesmo falando continuamente. Em vez de ficarem enfraquecidos, os ministros podem, mediante cuidado, vencer qualquer tendência para o definhamento. -- Obreiros Evangélicos, 90 (1880). Ev 670 2 Falar lenta e calmamente -- Quando eu era mais moça, costumava falar demasiado alto. O Senhor mostrou-me que eu não poderia causar no povo a devida impressão elevando a voz a um tom fora do natural. Foi-me então apresentado Cristo e Sua maneira de falar; e havia suave melodia em Sua voz. Esta, lenta e calma, chegava aos que O escutavam, e Suas palavras penetravam-lhes no coração, e eles podiam apanhar o que fora dito antes de ser proferida a sentença seguinte. Alguns parecem pensar que devem correr adiante, do contrário, perderão a inspiração, e o povo também. Se isto é inspiração, deixai-os perdê-la, e quanto mais depressa, melhor. -- Manuscrito 19, 1890. A aparência pessoal do evangelista Ev 670 3 A personalidade do evangelista -- Segundo as instruções que me têm sido dadas, o ministério é um santo e elevado ofício, e os que aceitam essa posição devem ter a Cristo no íntimo, e manifestarem sincero desejo de representá-Lo dignamente perante o povo em todas as suas ações, no vestuário, no falar e mesmo na maneira por que o fazem. ... Ev 671 1 Nossas palavras, atos, comportamento, vestuário, tudo, deve pregar. Não somente com as palavras devemos falar ao povo, mas tudo quanto diz respeito a nossa pessoa deve constituir para eles um sermão. -- Testimonies for the Church 2:615, 618 (1871). Ev 671 2 Almas perdidas por causa de negligência -- Um ministro negligente em seu vestuário, fere muitas vezes as pessoas de bom gosto e finas sensibilidades. Os que estão em falta a esse respeito devem corrigir seus erros, e ser mais circunspectos. A perda de algumas almas será relacionada afinal com o desalinho do ministro. O primeiro aspecto impressionou desfavoravelmente o povo, pois não podiam de maneira alguma relacionar sua aparência com as verdades por ele apresentadas. Seu vestuário testificava contra ele; e a impressão causada foi de que o povo que ele representava era de uma desleixada espécie, que não cuidava nada de sua maneira de vestir, e os ouvintes não queriam nada com tal classe de gente. -- Testimonies for the Church 2:613 (1871). Ev 671 3 Gosto, cor, propriedade -- Alguns dos que ministram em coisas sagradas se vestem de tal maneira que, até certo ponto pelo menos, seu vestuário lhes destrói a influência do trabalho. Há visível falta de gosto na cor, e no assentamento. Que impressão causa tal maneira de vestir? É de que a obra em que eles se empenham não é considerada mais sagrada nem mais alta que o trabalho comum, como arar o campo. Por seu exemplo, o ministro faz com que as coisas sagradas desçam ao nível das que são comuns. -- Testimonies for the Church 2:614 (1871). Ev 672 1 A escolha de cores -- A fazenda preta ou escura é mais apropriada para um ministro no púlpito, e causará melhor impressão sobre o povo, do que uma combinação de duas ou três cores no vestuário. -- Testimonies for the Church 2:610 (1871). Ev 672 2 Propriedade de vestuário e de conduta -- Cumpre-nos apresentar propriedade no vestuário e na conduta. Nunca devemos estar negligentes ou desalinhados em nossa aparência ou em nosso trabalho. -- Carta 49, 1902. Ev 672 3 O caráter da obreira julgado pelo vestuário -- O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito cultivado, revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados. A casta simplicidade no vestir, aliada à modéstia das maneiras, muito farão no sentido de cercar uma jovem com aquela atmosfera de sagrada reserva que para ela será um escudo contra os milhares de perigos. -- Educação, 248 (1903). Ev 672 4 Os incrédulos apreciam a simplicidade no vestuário -- Muitos se trajam à maneira do mundo a fim de gozar de influência sobre os incrédulos; cometem, porém, lamentável erro. Caso desejem ter real e salvadora influência, vivam segundo sua profissão de fé, mostrem essa fé por suas obras de justiça, e tornem distinta a diferença entre o cristão e o mundano. As palavras, a maneira de vestir, as ações, devem falar em favor de Deus. Então, difundir-se-á sobre os que os rodeiam uma santa influência, e mesmo os descrentes conhecerão, vendo-os, que eles têm estado com Jesus. Se alguém quiser que sua influência fale em favor da verdade, viva a fé que professa, imitando assim o humilde Modelo. -- Testimonies for the Church 4:633, 634 (1881). Ev 672 5 O orgulho no vestuário, pedra de tropeço para os descrentes -- Muitas almas convencidas da verdade têm sido levadas a decidir-se contra ela por causa do orgulho e do amor do mundo manifestado por nossas irmãs. A doutrina pregada parecia clara e harmônica, e os ouvintes sentiam deverem levantar uma pesada cruz, com a aceitação da verdade. Quando essas pessoas viram nossas irmãs fazendo tanta ostentação no vestuário, disseram: "Este povo veste-se mesmo como nós. Não podem realmente crer o que professam; afinal, devem estar enganados. Se na verdade pensassem que Cristo havia de vir em breve, e o caso de cada alma devia ser decidido para a vida eterna ou morte eterna, não podiam dedicar tempo e dinheiro para se vestirem de acordo com as modas existentes." Mal sabiam aquelas professas irmãs crentes o sermão que seu vestuário estava pregando! Ev 673 1 Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando. Isto não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar. Muitos incrédulos sentiram que não estavam procedendo bem em se permitirem ser escravos da moda; mas quando vêem alguns que fazem elevada profissão de piedade vestindo-se da mesma maneira que os mundanos, fruindo a sociedade dos frívolos, entendem que não pode haver mal em tais coisas. -- Testemunhos Selectos 1:595, 596 (1881). Ev 673 2 O vestuário simples não embaraça os pobres -- Nosso vestuário deve ser simples, de maneira que, ao visitarmos os pobres, eles não fiquem embaraçados pelo contraste entre nossa aparência e a deles. -- Obreiros Evangélicos, 189 (1915). Ev 673 3 O vestuário adequado a uma profissão sagrada -- O cuidado no vestuário é digno de consideração. O ministro se deve trajar de maneira condigna com sua posição. Alguns têm falhado a esse respeito. Em alguns casos, não somente tem havido falta de gosto e boa combinação no vestuário, mas este tem sido desalinhado e sujo. Ev 674 1 O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos dá vida e nos sustém com saúde, é honrado ou desonrado pelo vestuário dos que oficiam em honra Sua. -- Idem, 173 (1915). A esposa do evangelista Ev 674 2 Responsável por seus talentos -- Repousa sobre a esposa do ministro uma responsabilidade a que ela não deve, nem pode levianamente eximir-se. Deus há de requerer dela com juros, o talento que lhe foi emprestado. Cumpre-lhe trabalhar fiel e zelosamente, em conjunto com o marido, para salvar almas. Nunca deve insistir com seus próprios desejos, nem manifestar falta de interesse no trabalho do esposo, nem entregar-se a sentimentos de saudade e descontentamento. Todos esses sentimentos naturais devem ser vencidos. É preciso que tenha na vida um desígnio, o qual deve ser levado a efeito sem vacilação. Que fazer se isto se acha em conflito com os sentimentos, prazeres e gostos naturais? Estes devem ser pronta e animosamente sacrificados, a fim de fazer bem e salvar almas. Ev 674 3 A esposa do ministro deve viver uma vida devota e de oração. Mas algumas gostariam de uma religião em que não há cruzes, e que não exige abnegação e esforço de sua parte. Em lugar de se manterem nobremente por si mesmas, repousando em Deus quanto a forças, e fazendo face a suas responsabilidades individuais, elas levam a maior parte do tempo dependendo de outros, deles derivando sua vida espiritual. Se tão-somente se apoiassem confiantemente, com confiança infantil, em Deus, e concentrassem em Jesus suas afeições, recebendo sua vida de Cristo, a videira viva, que soma de bem não poderiam elas realizar, que auxílio poderiam ser a outros, que apoio para seus maridos! E que recompensa não seria a sua afinal! -- Idem, 202 (1864). Ev 675 1 Acompanhar o marido no ganhar almas -- Se a esposa de um ministro o acompanha em viagens, não deve ir apenas para seu próprio prazer, para visitar e ser servida, mas para com ele trabalhar. Deve ter os mesmos interesses que ele em fazer bem. Convém que tenha boa vontade de acompanhar o marido, caso os cuidados da casa a não impeçam, e deve ajudá-lo em seus esforços para salvar almas. Com mansidão e humildade, mas todavia com confiança em si mesma, deve exercer no espírito dos que a rodeiam uma influência orientadora, desempenhando seu papel e levando sua cruz e encargos na reunião, em torno do altar de família e na conversação no círculo familiar. O povo assim o espera, e se essa expectativa se não realiza, mais da metade da influência do marido é destruída. Ev 675 2 A esposa de um ministro pode fazer muito, se quiser. Se for dotada de espírito de sacrifício, e tiver amor às almas, poderá fazer com ele outro tanto de bem. Uma irmã obreira na causa da verdade pode compreender e tratar, especialmente entre as irmãs, de certos casos que se acham fora do alcance do ministro. -- Idem, 201, 202 (1864). Ev 675 3 O vestuário da esposa do ministro -- Especialmente as esposas de nossos ministros devem ser cuidadosas em não se afastarem dos claros ensinos da Bíblia em questão de vestuário. Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor do vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-lhe-emos ouvidos e seremos sábios? O excesso no vestuário vai em constante progresso. Ainda não é o fim. A moda muda sempre, e nossas irmãs seguem-lhe os rastos, a despeito do tempo ou das despesas. Grande é a quantia despendida com o vestuário, quando devia volver a Deus, o Doador. -- Testemunhos Selectos 1:594 (1864). Ev 676 1 Exemplo de religião doméstica -- Lembre-se a mulher do pastor que tem filhos, de que na própria casa ela tem um campo missionário onde deve trabalhar com energia infatigável e zelo inquebrantável, sabendo que os resultados de sua obra perdurarão por toda a eternidade. Não é a alma de seus filhos de tanto valor como a dos pagãos? Cuide, pois, deles com amorável solicitude. Cabe-lhe a responsabilidade de mostrar ao mundo o poder e a excelência da religião no lar. Ela deve ser regida por princípios, não por impulsos, e operar com a consciência de que Deus é seu ajudador. Não deve permitir que coisa alguma a distraia de sua missão. Ev 676 2 É de infinito valor a influência de uma mãe intimamente ligada a Cristo. Seu ministério de amor faz do lar uma Betel. Cristo com ela coopera, transformando a água comum da vida no vinho do Céu. Os filhos crescerão para lhe ser uma bênção e uma honra nesta vida e na que há de vir. -- Obreiros Evangélicos, 206 (1915). Ev 676 3 A importante obra no lar -- Se homens casados vão trabalhar, deixando a esposa a cuidar dos filhos em casa, a esposa e mãe está plenamente fazendo uma obra tão grande e importante quanto o marido e pai. Enquanto um se encontra no campo missionário, a outra é uma missionária no lar, sendo seus cuidados e ansiedades e encargos freqüentemente muito maiores que os do esposo e pai. A obra da mãe é solene e importante -- moldar o espírito e o caráter dos filhos, prepará-los para serem úteis aqui, e habilitá-los para a vida futura e imortal. Ev 677 1 O marido, em pleno campo missionário, pode receber a honra dos homens, ao passo que a lidadora do lar talvez não receba nenhum louvor terrestre por seus labores; mas, em ela trabalhando o melhor possível pelos interesses de sua família, buscando moldar-lhes o caráter segundo o Modelo divino, o anjo relator escreve-lhe o nome como o de um dos maiores missionários do mundo. Ev 677 2 A mulher do missionário pode-lhe ser grande auxílio em buscar tornar-lhe mais leves as responsabilidades, se mantém sua própria alma no amor de Deus. Ela pode ensinar a Palavra aos filhos. Pode dirigir sua casa com economia e prudência. Em união com o marido, pode educar os filhos em hábitos de economia, ensinando-os a restringir suas necessidades. -- Idem, 203 (1915). Ev 677 3 O espírito de queixa, um peso morto -- Estas irmãs se acham intimamente relacionadas com a obra de Deus, se Ele chamou os maridos para pregarem a verdade presente. Estes servos, caso sejam realmente chamados por Deus, sentirão a importância da verdade. Encontram-se entre os vivos e os mortos, e devem velar pelas almas, como quem delas deva dar contas. Solene é sua vocação, e suas companheiras podem ser-lhes uma grande bênção ou uma grande maldição. Elas os podem animar quando desalentados, confortar quando deprimidos, e estimulá-los a olhar para cima e a confiar plenamente em Deus quando lhes desfalece a fé. Ou podem tomar a direção contrária, olhar ao lado sombrio, pensar que lhes cabe um tempo probante, sem exercitar nenhuma fé em Deus, falar de suas provações e incredulidade aos companheiros, condescender com o espírito de queixa e murmuração, e serem-lhes um peso morto, e mesmo uma maldição. ... Ev 677 4 A esposa não santificada é a maior maldição que um ministro possa ter. Os servos de Deus que têm sido e são ainda bastante infelizes para terem em casa essa influência crestante, devem dobrar as orações e a vigilância, assumir atitude firme e decidida, e não permitir que essa treva os empurre para baixo. Devem apegar-se mais a Deus, ser firmes e resolutos, governar bem a própria casa, e viver de maneira a receber a aprovação de Deus e o vigilante cuidado dos anjos. Mas se cederem aos desejos das não santificadas companheiras, estará sobre sua habitação o desagrado de Deus. A arca de Deus não pode permanecer na casa, pois eles condescendem com seus erros e os apóiam. -- Testemunhos Selectos 1:37, 38 (1856). Manter elevada norma moral Ev 678 1 Tempos assinalados pelo abandono dos princípios -- Vêem-se por toda parte naufrágios humanos, altares de família derribados, lares arruinados. Há estranho abandono dos princípios, a norma da moral se encontra rebaixada, e a Terra está-se tornando rapidamente uma Sodoma. Crescem velozmente as práticas que trouxeram o juízo de Deus sobre o mundo antediluviano e que fez com que Sodoma fosse destruída pelo fogo. Estamo-nos aproximando do fim, quando a Terra será purificada pelo fogo. -- Obreiros Evangélicos, 125, 126 (1915). Ev 678 2 Os ministros, alvo de Satanás -- As tentações especiais de Satanás são dirigidas contra o ministério. Ele sabe que os ministros são apenas entes humanos, não possuindo em si mesmos graça nem santidade; que os tesouros do evangelho foram colocados em vasos de barro, os quais só o poder divino pode tornar vasos para honra. Sabe que Deus tem ordenado que os ministros sejam um meio poderoso para a salvação de almas, e que eles só poderão ser bem-sucedidos em sua obra à medida que permitem que o Pai eterno lhes domine a vida. Procura, portanto, com toda a sua habilidade, induzi-los a pecar, sabendo que seu cargo torna o pecado neles mais excessivamente maligno; pois, pecando, tornam-se eles próprios ministros do mal. -- Idem, 124 (1915). Ev 679 1 Dignidade e sociabilidade equilibradas -- A questão da pureza e da discrição na conduta é uma das que deve merecer nossa atenção. Devemo-nos guardar dos pecados desta época degenerada. Não desçam os embaixadores de Cristo a frívolas conversações, a familiaridades com mulheres, sejam elas casadas ou solteiras. Que se mantenham no lugar que lhes convém, com a devida dignidade; entretanto, podem ser ao mesmo tempo sociáveis, bondosos e corteses para com todos. Devem estar acima de tudo que tenha ares de vulgaridade e familiaridade. Isso é terreno proibido, no qual não é seguro pisar. Toda palavra, toda ação, deve tender a elevar, refinar, a enobrecer. Há pecado na inconsideração relativamente a essas coisas. -- Idem, 125 (1915). Ev 679 2 Reprovar lisonja da parte das mulheres -- Sereis por vezes lisonjeados por homens, porém mais freqüentemente por mulheres. Especialmente quando apresentais a verdade em novos campos, encontrareis pessoas que se entregarão a essa ímpia lisonja. Como servo de Cristo, desprezai a lisonja; fugi dela como o faríeis de uma serpente venenosa. Reprovai a mulher que vos elogiar a elegância, segurando-vos a mão o maior tempo possível. Pouco tenhais que dizer a pessoas dessa classe; pois elas são os agentes de Satanás, e desenvolvem seus planos lançando sedutoras armadilhas para vos desviar da vereda da santidade. Toda senhora cristã sensata procederá com modéstia; compreenderá os ardis de Satanás, e não lhe dará colaboração. Ev 680 1 Não venhais a atrair nunca a reputação de ser um ministro particularmente favorito das mulheres. Fugi à companhia daquelas que, por suas artes, seriam capazes de vos enfraquecer no mínimo que fosse o desígnio de fazer o que é direito, ou de trazer mancha sobre a pureza de vossa consciência. Não lhes deis vosso tempo nem a vossa confiança; pois vos fariam sentir privados de vossa força espiritual. Nada façais entre estranhos, em carros, no lar, na rua, que tenha a mínima aparência do mal. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1884. Ev 680 2 Evitai toda aproximação do mal -- Quando alguém que pretende ensinar a verdade se inclina a estar muito na companhia de moças ou mesmo de senhoras casadas, quando lhes coloca familiarmente a mão em cima, ou se encontra muitas vezes conversando com elas de maneira familiar, temei-o; os puros princípios da verdade não se acham entretecidos em sua alma. Esses não são coobreiros de Jesus; eles não estão em Cristo, e Cristo neles não habita. Necessitam de inteira conversão antes de Deus poder aceitar-lhes os serviços. A verdade de origem celeste não degrada nunca o que a recebe, não o induz nunca à mínima aproximação de indevida familiaridade; ao contrário, santifica o crente, apura-lhe o gosto, eleva-o e enobrece-o, e leva-o a mais íntima ligação com Jesus. Ela o leva a considerar a recomendação do apóstolo Paulo de abster-se até de toda aparência do mal, para que o bem que nele há não seja blasfemado. ... Ev 680 3 Os homens que fazem a obra de Deus, e têm Cristo no coração, não abaixarão a norma de moralidade, antes procurarão sempre elevá-la. Não encontrarão prazer na lisonja das mulheres, ou em ser por elas amimados. Jovens e casados digam: Afastai as mãos! Não darei a mínima ocasião de que blasfemem o meu bem. Meu bom nome é para mim capital de valor incomparavelmente maior do que ouro ou prata. Deixai-me conservá-lo puro. Se os homens atacarem esse nome, não seja porque eu tenha dado qualquer ocasião para isto, mas pela mesma razão por que falaram mal de Cristo -- porque aborreciam a pureza e santidade de Seu caráter; pois este lhes era contínua repreensão. Ev 681 1 Eu quisera impressionar o espírito de todo obreiro da causa de Deus com a grande necessidade de contínua, fervorosa oração. Eles não podem estar constantemente de joelhos, mas podem erguer o coração a Deus. Assim foi que Enoque andou com Deus. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885. Ev 681 2 Cercar a alma -- Haverá mulheres que se tornarão tentadoras, e que farão o máximo possível para atrair e conquistar a atenção dos homens sobre elas. Primeiro, buscarão granjear-lhes a simpatia, a seguir, a afeição, e depois levá-los a violar a santa lei de Deus. Os que desonraram a própria mente e a afeição fixando-as naquilo que é proibido pela Palavra de Deus, não terão escrúpulos de desonrar a Deus com várias espécies de idolatria. Deus os entregará a suas vis afeições. Importa guardar os pensamentos; cercar a alma com os preceitos da Palavra de Deus; e ser deveras cuidadoso quanto a cada pensamento, palavra e ação a fim de não ser surpreendido pelo pecado. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1887. Ev 681 3 Manter as salvaguardas -- Nosso grande adversário tem agentes que estão constantemente à caça de uma oportunidade para destruir almas, como um leão caça sua presa. ... A remoção de uma única salvaguarda da consciência, a contemporização com um só hábito, uma simples negligência das elevadas exigências do dever, pode ser o princípio de uma série de enganos, que te passará para as fileiras dos que estão servindo a Satanás, ao passo que estás todo o tempo professando amar a Deus e a Sua causa. Um momento de negligência, um único passo em falso, pode tornar todo o curso de tua vida para uma direção errada. E pode ser que nunca venhas a saber o que causou tua ruína, antes de ser pronunciada a sentença: "Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." -- O Colportor Evangelista, 55 (1885). Ev 682 1 Convertido por ministros não convertidos -- Um homem pode ouvir e reconhecer toda a verdade, e todavia nada conhecer da piedade pessoal e da verdadeira religião experimental. Ele pode explicar o caminho da salvação a outros, e ser todavia um rejeitado. A verdade é santa e poderosa, e esquadrinha os intentos e desígnios do coração. A importância e autoridade da verdade no grande plano da salvação originaram-se no divino Autor, e não são anuladas ou tornadas sem valor por que os instrumentos empregados em sua ministração sejam profanos ou infiéis. Ev 682 2 "Por que", perguntou um homem que estivera e ainda estava em iniqüidade, "são almas convertidas à verdade pela minha influência?" Respondi: "Cristo está continuamente atraindo almas a Si, e fazendo brilhar Sua luz na vereda das mesmas. O que anda em busca da salvação não tem licença de ler o caráter daquele que o ensina. Caso seja ele próprio sincero, e se chegue a Deus, crendo nEle, confessando seus pecados, será aceito." -- Carta 12, 1890. O período de experiência Ev 682 3 Jovens obreiros que passam para as fileiras -- Há jovens conscienciosos que se estão preparando para entrar nas fileiras, para revigorar os postos avançados. Andando humildemente com Deus, Ele falará com eles, e os instruirá. A esses eu diria: Trabalhai onde vos achardes, fazendo o que estiver ao vosso alcance para passar adiante a verdade que vos é tão preciosa. Conservai a simplicidade, e depois, quando houver vagas a serem preenchidas, ouvireis as palavras: Amigo, sobe mais para cima. Talvez sejais relutantes para avançar, mas ide avante confiando em Deus, e pondo em Sua obra nova e sincera vida, e um coração cheio de fé que opera por amor e purifica a alma. Ao terdes sede da água da vida, pedi-a a Cristo, e de graça, Ele vos dará a beber da água da vida. Ele vos será uma fonte que salta para a vida eterna. -- Carta 9, 1899. Ev 683 1 Muito depende de começar direito -- A utilidade de jovens que se sentem chamados por Deus para pregar, depende muito da maneira pela qual entram no trabalho. Os que são escolhidos por Deus para a obra do ministério darão prova de sua alta vocação, e por todos os meios possíveis procurarão tornar-se obreiros capazes. -- Atos dos Apóstolos, 353 (1911). Ev 683 2 Começar o trabalho juntamente com ministros de mais idade -- A fim de adquirir o preparo para o ministério, os jovens devem estar ligados aos ministros mais idosos. Os que obtiveram experiência no serviço ativo, devem levar consigo para as searas, obreiros jovens e inexperientes, ensinando-os a trabalhar com êxito para a conversão de almas. Bondosa e afetuosamente esses obreiros mais velhos devem ajudar os mais novos a se prepararem para a obra à qual o Senhor os pode chamar. E os moços que se estão preparando devem respeitar os conselhos de seus instrutores, honrando-lhes a devoção, e lembrando-se de que seus anos de labor lhes têm dado sabedoria. ... Ev 683 3 Que os obreiros mais idosos sejam educadores, mantendo-se a si mesmos sob a disciplina de Deus. Que os jovens sintam ser um privilégio estudar sob a direção de obreiros mais velhos, e tomem toda a responsabilidade compatível com sua mocidade e experiência. Assim educava Elias a mocidade de Israel nas escolas dos profetas; e os moços hoje em dia devem ter idêntico preparo. Não é possível indicar em todos os particulares a parte que a juventude deve desempenhar; mas cumpre que seja fielmente instruída pelos obreiros mais velhos, e ensinada a olhar sempre para Aquele que é o autor e consumador de nossa fé. -- Obreiros Evangélicos, 101, 102 (1915). Ev 684 1 Trabalhar com obreiros mais experientes, mas não copiar sua maneira de ser -- Os inexperientes não devem ser mandados para o campo sozinhos. Eles devem ficar ao lado de ministros mais velhos e experientes, de modo a se poderem educar. Estes, porém, lhes deveriam dizer: "Não deveis copiar meus gestos, nem o tom de minha voz, de modo que ninguém saiba quem está falando, se vós se eu. Deveis estar em vossa própria armadura, com vosso próprio aspecto de caráter, santificados por Deus. Não deveis revestir-vos do aspecto de minha personalidade, nem de meus gestos, nem do tom de minha voz, nem de minhas expressões, nem palavras." Ev 684 2 Creio que isto me tem sido mostrado umas vinte vezes em minha vida, e tenho buscado dizê-lo aos irmãos, porém o mal não é remediado. Quando um desses homens inexperientes na obra fica ao vosso lado, não é para pensar em tudo da mesma maneira que pensais, e considerar tudo segundo o fazeis; de modo que, se abandonásseis a verdade, ele dissesse: "Eu também a deveria abandonar." Que eles obtenham simetria de caráter com o Deus do Céu; não que devam ter as vossas idéias, e vós exerçais uma influência modeladora sobre eles; antes levai-os diretamente à Bíblia como seu modelo. A importância dessas coisas me foi mostrada tantas vezes, que isto constitui para mim uma preocupação. -- Manuscrito 19, 1890. Ev 685 1 Não reprimir nem desanimar os obreiros novos -- Nunca foi desígnio de Deus que o juízo e os planos de um homem sejam considerados supremos. Ele diz: Sois coobreiros de Deus. Homem algum empreenda reprimir ou desanimar. Não busque pôr sua armadura no irmão, pois ele não a experimentou. ... E os ministros nunca devem copiar os gestos, os hábitos, atitudes, expressões e entonações de voz de qualquer homem. Não se devem tornar sombra de homem algum, em pensamento, sentimento, ou no delinear e executar o grande todo. Se Deus vos fez pastor do rebanho, deu-vos habilitações para essa obra. -- Manuscrito 104, 1898. Ev 685 2 Jovens chamados ao serviço nas linhas de frente -- Os homens encanecidos devem andar circunspectamente, e proporcionar aos jovens que buscam se desenvolver toda oportunidade de progredirem. Os de mais idade não devem sentir que seja desonroso para eles que os mais moços, que precisam empregar suas aptidões e ocupar seus lugares individuais e tornarem-se homens fidedignos, progridam. Os mais idosos devem encorajar os jovens a desenvolverem seus talentos. Ev 685 3 Precisamos de homens que lancem mão da obra com determinação. Cumpre dar aos mais novos ocasiões de desenvolvimento. -- Carta 97, 1896. Ev 685 4 Para que fossem reconhecidos -- Ele condescendeu em levar Seus discípulos perante grande número de pessoas a fim de dar-lhes reputação, de modo que muitos reconhecessem em sua maneira de trabalhar que eles faziam assim como Cristo fizera. Os próprios atos de misericórdia indicados por nosso Senhor hão de abrir a porta aos discípulos. -- Carta 252, 1906. Ev 685 5 Jovens obreiros na escola da disciplina -- Tratemos com respeito os membros mais novos da família do Senhor. Os obreiros jovens que se iniciam no ministério podem cometer muitos erros, mas os ministros de mais idade não se acham isentos deles, não obstante os anos que têm estado no trabalho. O próprio Senhor tomará nas mãos esses mais jovens, por vezes afligindo-os e permitindo que sofram por causa de seus erros, mas nunca os abandonando. Dá-lhes oportunidade de se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. -- Manuscrito 127, 1902. Ev 686 1 Jovens chamados ao campo da seara -- O Senhor chama os jovens a entrarem no campo da seara, e trabalharem diligentemente como ceifeiros. Chama-os a trabalhar para Ele, não nas igrejas já estabelecidas, mas a ligar-se com obreiros experientes na obra no grande campo da seara. Saiam os jovens bem dotados e negociem com seus talentos. Indo, ponham eles sua confiança na guia do Senhor. ... Ev 686 2 Esta é a obra que os moços devem ser animados a fazer, não falarem a auditórios que não lhes necessitam dos imaturos labores, que se acham bem apercebidos desse fato, e não sentem a atração do Espírito. O Senhor não deu aos moços a obra entre as igrejas. Seu primeiro dever é aprender do grande Mestre lições em vários sentidos. ... Ev 686 3 Que disse Cristo a Seus discípulos? "Se alguém Me serve, siga-Me." Tal é a regra dada na Palavra de Deus. Estudando a vida de Cristo, descubram os obreiros como Ele viveu e trabalhou. Esforcem-se dia a dia para viver a vida de Cristo, buscando conhecer o caminho do Senhor. -- Manuscrito 75, 1900. Ev 686 4 Depois de doze meses de prova -- Aos que chama para a obra do ministério, o Senhor dará tato e habilidade e entendimento. Se depois de trabalhar por doze meses na obra evangelística, um homem não tem nenhum fruto a apresentar por seus esforços, se as pessoas por quem ele trabalhou não foram beneficiadas, se não elevou a norma em lugares novos e não há almas convertidas por seus labores, esse homem deve humilhar o coração diante de Deus, e buscar compreender se não se enganou em sua vocação. O ordenado pago pela associação deve ser dado aos que mostram o fruto por seu trabalho. A obra de uma pessoa que reconhece a Deus como sua eficiência, que tem verdadeira concepção do valor de almas, e a própria alma cheia do amor de Cristo, será frutífera. -- Manuscrito 26, 1905. Chamados e transferências de obreiros evangelísticos Ev 687 1 Mudar-se para regiões não advertidas -- Muitas vezes os habitantes de uma cidade onde Cristo trabalhava desejavam que Ele ficasse com eles e ali continuasse Sua obra. Jesus, porém, lhes dizia que devia ir às cidades que não haviam ouvido as verdades que tinha a apresentar. Havendo dado a verdade aos habitantes de um lugar, deixava-os construir sobre o que lhes transmitira, indo enquanto isto a outro lugar. Seus métodos de trabalho devem ser seguidos hoje por aqueles a quem Ele deixou Sua obra. Cumpre-nos ir de lugar em lugar, levando a mensagem. Assim que a verdade houver sido proclamada em um lugar, devemos ir advertir a outros. -- Manuscrito 71, 1903. Ev 687 2 Mudar-se apenas quando se erguer a nuvem -- Não fiqueis desassossegados ou sem fé; mantende cingida a armadura para a batalha, fortalecei a alma em Deus, e podereis agir valorosamente. NEle está nossa força e eficiência. ... Quando se erguer a nuvem, e Deus indicar vosso dever de iniciar o trabalho em algum outro campo, podereis mudar-vos com entendimento. Mas não abandoneis então o campo onde tanto foi feito e onde ainda mais há por fazer. -- Carta 77, 1895. Ev 688 1 A voz do dever -- A voz do dever é a voz de Deus -- um guia interior, enviado do Céu. -- Conselhos Sobre Saúde, 562 (1896). Ev 688 2 Podemos conhecer a direção de Deus -- Mas não devemos pôr a responsabilidade de nosso dever sobre outros, e esperar que eles nos digam o que fazer. Não podemos depender da humanidade quanto a conselhos. O Senhor nos ensinará nosso dever com tanta boa vontade como o faz a qualquer outro. Se a Ele nos achegarmos com fé, transmitir-nos-á pessoalmente os Seus mistérios. Nosso coração arderá muitas vezes dentro de nós ao aproximar-Se Alguém para comungar conosco como fez com Enoque. Os que decidem não fazer, em qualquer sentido, coisa alguma que desagrade a Deus, depois de Lhe apresentarem seu caso, saberão a orientação que hão de tomar. E não receberão unicamente sabedoria, mas força. -- O Desejado de Todas as Nações, 668 (1898). Ev 688 3 Obreiros com o senso do dever -- Em todo movimento para diante que Deus nos tem levado a fazer, em todo passo conquistado pelo povo de Deus, tem havido entre nós instrumentos de Satanás prontos a deixar-se ficar atrás e sugerir dúvidas e incredulidade, e a pôr obstáculos em nosso caminho, para nos enfraquecer a fé e o ânimo. Temos tido de portar-nos como guerreiros, dispostos a avançar e lutar disputando o caminho através da oposição suscitada. Isto tem tornado nosso trabalho dez vezes mais difícil, do que do contrário teria sido. Temos tido de ficar firmes e inflexíveis como uma rocha. ... Ev 688 4 Alguns ... parecem estar sem âncora. Esses têm prejudicado grandemente a causa da verdade. Outros há que parecem nunca ter uma posição em que estejam firmes e seguros, prontos a lutar, se necessário for, quando Deus chama os soldados fiéis a que se encontrem no posto do dever. ... Alguns não têm idéia alguma quanto a correr qualquer risco, ou a aventurarem eles próprios qualquer coisa. Mas alguém deve aventurar-se; alguém precisa correr risco nesta causa. -- Testimonies for the Church 3:315, 316 (1873). Ev 689 1 Os evangelistas devem completar suas séries de conferências -- Nada sei quanto ao caso do Pastor _____, a não ser que ele tem sido usado pelo Senhor em Sua obra em Los Angeles, e que tem sido grandemente abençoado. Mais de cem pessoas se decidiram pela verdade em resultado de seus labores. Ao termo de sua última série de conferências em tenda, ele pensou em mudar seu campo de trabalho, mas recebeu uma petição assinada por muitos cidadãos de Los Angeles, rogando-lhe que permanecesse e continuasse as reuniões. O Senhor deu ao irmão _____ um espírito de adaptabilidade, com sabedoria para planejar e levar a cabo seu trabalho, e tem-no abençoado em produzir folhetos, notícias e cartazes que têm despertado o interesse do povo. Ev 689 2 Eu diria: Deixai o irmão _____ trabalhar onde sua mensagem está evidentemente realizando grande bem. Os que têm ido a essas reuniões, têm dado liberalmente de seus meios para manutenção da obra que ele está levando avante. ... Ev 689 3 Por enquanto, deixai-o permanecer em Los Angeles; pois o Senhor está-lhe dando assinalado êxito no apresentar a mensagem ao povo. Dê ele à trombeta um sonido certo, despertando os que nunca ouviram a verdade. Oxalá o Senhor o anime a permanecer em Los Angeles até que os membros da igreja se achem despertos para revestir-se da armadura e mostrar que se preocupam em dar a mensagem. ... Ev 689 4 Ninguém, por preceito ou por exemplo, procure tirar o Pastor _____ da obra que lhe foi designada por Deus. Lancem todos mão com ele no esforço de levar avante a obra de maneira distinta. -- Carta 75, 1905. Ev 689 5 Princípios-guia no chamar um evangelista -- Quanto a ser direito que o Pastor _____ deixe Los Angeles e trabalhe por algum tempo em uma cidade do norte, direi: Cumpre-nos por vezes deixar tais questões em grande parte com o próprio homem. Há demasiadas transferências de homens que estão realizando um bom trabalho, justamente o trabalho que o Senhor disse que devia ser feito. Por vezes, quando um obreiro está sendo bem-sucedido em seus esforços e o interesse continua animador, não devia chegar até ele absolutamente a questão de removê-lo para outro campo, pois isto só serve para confundi-lo. Uma vez que o Senhor está agitando poderosamente o povo de Los Angeles mediante as reuniões da tenda, não permitais que coisa alguma interrompa essa obra. ... Não tente ninguém desviar o irmão _____ do lugar em que há profundo interesse e uma extraordinária porta aberta à verdade presente. Esta é a oportunidade de Los Angeles. -- Carta 193, 1905. Ev 690 1 Obreiros prejudicados por desnecessárias remoções -- Penso que prejudica chamar obreiros de uma parte da vinha em que estão fazendo uma boa obra, para irem a um outro campo, onde vão começar tudo novo. Creio que isto dá aos que são chamados, a idéia de que são de mais importância do que na verdade são, e as pobres almas serão prejudicadas. Eu vos advirto quanto a esse ponto de remover obreiros quando não há necessidade. -- Carta 179, 1900. Ev 690 2 A remoção de obreiros antes de tempo não compreendida pelos conversos -- Eu sabia que o irmão e a irmã _____ não eram isentos de faltas, mas que se estavam esforçando por conhecer e fazer a vontade do Mestre, e que possuíam talentos que os habilitavam a aproximar-se de homens e mulheres em posições mais altas, e que por meio de seus labores muitos se viriam a interessar na verdade. Sabia que uma remoção privaria importante campo do labor que era muito necessário, e também que uma mudança significaria muito para eles, pessoalmente, pois acabavam de estabelecer-se bem, em um lar conveniente. Não me senti na liberdade de emprestar minha influência a essa remoção. Ev 690 3 Sua mudança para outro campo, em tais circunstâncias, ocasionaria desfavorável impressão, a qual ficaria na mente dos que, mediante seus esforços, acabavam de aceitar a fé. Além disto, se fosse realmente verdade que eles possuíssem traços objetáveis de caráter, o caso não se tornaria melhor por enviá-los a outro campo de trabalho, pois levariam esses traços consigo, esses objetáveis característicos e métodos. -- Carta 48, 1907. Ev 691 1 Mudar os homens demasiado cedo, ardil de Satanás -- Houvesse o ministro de todo se recusado a escutar às declarações coloridas, unilaterais de quem quer que fosse, houvesse ele dado palavras de advertência em harmonia com a regra bíblica, e dito, como Neemias: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer", aquela igreja teria estado em muito melhor condição. Esta obra de retirar homens de seus campos de labor se tem repetido de quando em quando no desenvolvimento desta causa. É um ardil do grande adversário das almas para entravar a obra de Deus. Quando almas prestes a decidir-se em favor da verdade são assim deixadas à mercê de influências desfavoráveis, perdem o interesse, e é muito raro que se possa outra vez causar uma impressão tão poderosa sobre eles. Satanás está sempre buscando algum ardil para chamar o ministro de seu campo de trabalho nesse ponto crítico, a fim de que se percam os resultados de seus labores. -- Manuscrito 1, 1878. ------------------------Capítulo 20 -- A mensagem triunfante Quando soar o alto clamor Ev 692 1 A verdade está prestes a triunfar -- O fim está perto, aproximando-se furtivamente, imperceptivelmente, como o silencioso aproximar de um ladrão de noite. Conceda o Senhor que não fiquemos por mais tempo a dormir como fazem os outros, mas que vigiemos e sejamos sóbrios. A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser cooperadores de Deus, com ela triunfarão. O tempo é curto; vem logo a noite, em que homem algum pode trabalhar. -- Testimonies for the Church 9:135 (1909). Ev 692 2 Conversão como no Pentecostes -- Aproxima-se o tempo em que haverá tantos conversos em um dia como houve no dia de Pentecostes, depois de os discípulos haverem recebido o Espírito Santo. -- The Review and Herald, 29 de Junho de 1905. Ev 692 3 Milhares ainda virão para a luz -- Muitos têm deixado o convite evangélico passar desatendido; foram provados e experimentados; mas enormes obstáculos, qual montanhas, pareciam avolumar-se diante deles, obstruindo-lhes o progresso. Por meio de fé, perseverança e coragem, muitos transporão esses entraves e avançarão para a gloriosa luz. Ev 692 4 Quase inconscientemente, ergueram-se barreiras no caminho reto e estreito; colocaram-se pedras de tropeço na estrada; estas serão afastadas daí. As salvaguardas que falsos pastores têm lançado em torno de seus rebanhos, tornar-se-ão em nada; milhares virão para a luz, e trabalharão para difundir a luz. Os seres celestes unir-se-ão com os instrumentos humanos. Assim animada, a igreja levantar-se-á e resplandecerá, pondo todas as suas santificadas energias no combate; assim se cumpre o desígnio de Deus; recuperam-se as pérolas perdidas. Ev 693 1 Os profetas divisaram a distância essa grande obra, e possuídos da inspiração do momento, traçaram a maravilhosa descrição das coisas ainda por acontecer. -- The Review and Herald, 23 de Junho de 1895. Ev 693 2 Muitos apóstatas voltarão -- Quando romper realmente sobre nós a tempestade da perseguição, as ovelhas verdadeiras ouvirão a voz do Pastor verdadeiro. Empregar-se-ão abnegados esforços para salvar os perdidos, e muitos dos que se extraviaram do redil voltarão a seguir o grande Pastor. O povo de Deus unir-se-á, apresentando frente unida ao inimigo. ... O amor de Cristo, o amor de nossos irmãos, testificará ao mundo que estivemos com Jesus e dEle aprendemos. Então, a mensagem do terceiro anjo se avolumará num alto clamor, e a Terra inteira será iluminada com a glória do Senhor. -- Testimonies for the Church 6:401 (1900). Ev 693 3 Influenciados pelas publicações -- Em breve fará Deus grandes coisas por nós, uma vez que estejamos humildes e crentes aos Seus pés. ... Mais de mil se converterão brevemente em um dia, a maioria dos quais reconhecerá haver sido primeiramente convencidos através da leitura de nossas publicações. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885. Ev 693 4 Repete-se o poder de 1844 -- O poder que tão eficazmente sacudiu o povo no movimento de 1844, revelar-se-á outra vez. A mensagem do terceiro anjo sairá, não em um murmúrio, mas com grande voz. -- Testimonies for the Church 5:252 (1885). Ev 694 1 O alto clamor -- Durante o alto clamor, a igreja, ajudada pelas providenciais interposições de seu exaltado Senhor, difundirá o conhecimento da salvação tão abundantemente, que a luz será comunicada a toda cidade e vila. A Terra será cheia do conhecimento da salvação. O poder renovador do Espírito de Deus haverá tão abundantemente coroado de êxito os intensamente ativos instrumentos, que a luz da verdade presente irradiará por toda parte. -- The Review and Herald, 13 de Outubro de 1904. A causa da demora Ev 694 2 Adiada em misericórdia -- A longa noite de trevas é probante, mas em misericórdia a manhã é adiada, pois se o Mestre viesse, quantos se achariam desapercebidos! A repugnância que Deus sente de que Seu povo pereça, eis a razão de tão longa tardança. -- Testimonies for the Church 2:194 (1868). Ev 694 3 A obra poderia já estar feita -- Houvesse o desígnio de Deus sido cumprido por Seu povo em dar ao mundo a mensagem de misericórdia, e Cristo haveria, antes disto, de ter vindo à Terra, e os santos teriam recebido as boas-vindas à cidade de Deus. -- Testimonies for the Church 6:450 (1900). Ev 694 4 Sei que, se o povo de Deus houvesse mantido viva ligação com Ele, se Lhe houvessem obedecido à Palavra, estariam hoje na Canaã celestial. -- General Conference Bulletin, 30 de Março de 1903. Ev 694 5 Satanás tem marchado furtivamente sobre nós -- Se todo atalaia sobre os muros de Sião houvesse dado à trombeta um sonido certo, o mundo haveria antes desta data ouvido a mensagem de advertência. A obra, porém, acha-se com atraso de anos. Enquanto os homens dormiram, Satanás marchou furtivamente sobre nós. -- Testimonies for the Church 9:29 (1909). Ev 695 1 Não falharam as promessas de Deus -- Em suas mensagens aos homens, os anjos de Deus apresentam o tempo como sendo muito breve. Assim me tem sempre sido apresentado. Verdade é que o tempo se tem prolongado além do que esperávamos nos primitivos dias desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão breve como esperávamos. Falhou, porém, a Palavra de Deus? Absolutamente! Cumpre lembrar que as promessas e as ameaças de Deus são igualmente condicionais. Ev 695 2 Deus confiara a Seu povo uma obra a ser executada na Terra. A terceira mensagem angélica devia ser dada, a mente dos crentes ser dirigida ao santuário celeste, onde Cristo entrara para fazer expiação por Seu povo. A reforma do sábado devia ser levada avante. A brecha feita na lei de Deus precisava ser reparada. Importava que a mensagem fosse proclamada com grande voz, para que todos os habitantes da Terra recebessem a advertência. O povo de Deus precisava purificar sua alma pela obediência da verdade, e preparar-se para estar sem falta perante Ele em Sua vinda. Ev 695 3 Houvessem os adventistas, depois do grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a providência de Deus lhes abria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo e no poder do Espírito Santo proclamando-a ao mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes para receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. Mas no período de dúvida e incerteza que se seguiu ao desapontamento, muitos dos crentes no advento renunciaram a sua fé. ... Assim foi prejudicada a obra, e o mundo foi deixado em trevas. Houvesse todo o corpo de crentes adventistas se unido nos mandamentos de Deus e na fé de Jesus, quão grandemente diversa teria sido a nossa história! Ev 696 1 Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Prometeu conduzi-los diretamente à terra de Canaã, e estabelecê-los ali como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem foi primeiro pregado, não entraram "por causa da incredulidade". Seu coração estava cheio de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não podia cumprir Seu concerto com eles. Ev 696 2 Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das promessas de Deus. É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. -- Manuscrito 4, 1883. Ev 696 3 Não responsabilizeis a Deus por isto -- Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel; mas por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela conseqüência de seu próprio procedimento errado. -- Carta 184, 1901. Ev 696 4 Podemos apressar o dia -- Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 633 (1898). Ev 696 5 É privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Se todos os que professam o Seu nome estivessem produzindo fruto para Sua glória, quão rapidamente seria lançada em todo o mundo a semente do evangelho! Depressa amadureceria a última seara, e Cristo viria para juntar o precioso grão. -- Testimonies for the Church 8:22, 23 (1904). Ev 697 1 Quando a mensagem estiver terminada -- Ela [a vinda do Senhor] não será retardada para além do tempo em que a mensagem for levada a todas as nações, línguas e povos. Havemos nós, que professamos ser estudiosos das profecias, de esquecer-nos de que a paciência de Deus para com os ímpios é uma parte do vasto e misericordioso plano pelo qual Ele está procurando efetuar a salvação das almas? -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1901. Poder para finalizar a obra Ev 697 2 Por que muitos têm falhado no ganhar almas -- Muitos apresentam as doutrinas e teorias de nossa fé; sua apresentação, porém, é como o sal que não tem sabor; pois o Espírito Santo não está operando em seu ministério destituído de fé. Eles não abriram o coração para receber a graça de Cristo; desconhecem a operação do Espírito; são como a farinha sem lêvedo; pois não há um princípio a operar em todo o seu labor, e deixam de ganhar almas para Cristo. Não se apoderam da justiça de Cristo; esta é uma veste não usada por eles, uma desconhecida plenitude, uma fonte intacta. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1892. Ev 697 3 É preciso intensidade para impressionar os descrentes -- Necessitamos mais zelo na causa de Cristo. A solene mensagem da verdade deve ser dada com uma intensidade capaz de impressionar os descrentes com o fato de que Deus está cooperando com os nossos esforços de que o Altíssimo é a fonte viva de nossa força. -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1886. Ev 697 4 Quando pomos o coração em unidade com Cristo, e a vida em harmonia com Sua obra, o Espírito que caiu sobre os discípulos no dia de Pentecostes será derramado sobre nós. -- The Review and Herald, 30 de Junho de 1903. Ev 698 1 Com o zelo dos apóstolos -- Zelo pela glória de Deus, eis o que movia os discípulos a dar testemunho da verdade com grande poder. Não deve esse zelo inflamar nosso coração com o desejo de contar a história do amor que redime, de Cristo e Cristo crucificado? Não deve o poder de Deus ser ainda mais poderosamente revelado hoje do que nos dias dos apóstolos? -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1914. Ev 698 2 A fonte de seu poder -- Depois da ascensão de Cristo, os discípulos reuniram-se em um lugar a fim de suplicar humildemente a Deus. E após dez dias de esquadrinhar o coração e examinar-se a si mesmos, estava preparado o caminho para o Espírito Santo penetrar no templo da alma limpo e consagrado. Todos os corações foram cheios do Espírito, como se Deus desejasse mostrar a Seu povo que Lhe pertenceria a prerrogativa de beneficiá-los com o melhor das bênçãos celestes. ... A espada do Espírito cintilava à direita e à esquerda. Novamente afiada com poder, penetrava até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas. A idolatria que andara misturada com o culto do povo, foi derribada. Novo território foi acrescentado ao reino de Deus. Lugares antes estéreis e desolados, entoavam-lhe os louvores. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1902. Ev 698 3 Eles sentiam preocupação pelas almas -- Observai que foi depois de os discípulos haverem chegado à perfeita unidade, quando não mais lutavam pela supremacia, que o Espírito foi derramado. Eles estavam de comum acordo. Todas as diferenças haviam sido removidas. E o testemunho dado a seu respeito depois que o Espírito fora derramado, é o mesmo. Notai a palavra: "Era um o coração e a alma da multidão dos que criam." O Espírito dAquele que morreu para que os pecadores vivessem, animava toda a congregação dos crentes. Ev 699 1 Os discípulos não pediam uma bênção para si mesmos. Achavam-se cheios de preocupação por almas. O evangelho devia ser levado até aos confins da Terra, e reclamavam a dotação de poder prometida por Cristo. Foi então que o Espírito Santo foi derramado, e milhares foram convertidos em um dia. -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1914. Ev 699 2 Uma igreja desperta -- Quando tivermos sincera e inteira consagração ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento de Seu Espírito sem medida; isto, porém, não terá lugar enquanto a maior parte da igreja não estiver colaborando com Deus. -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1896. Ev 699 3 A terra iluminada -- Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida e, em resultado, havia em cada vila e cidade monumentos seus. Sua verdade era proclamada por todo o mundo. -- Testemunhos Selectos 3:296, 297 (1909). Ev 699 4 Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte à proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. -- Testimonies for the Church 9:126 (1909). Ev 699 5 Mediante instrumentos humildes -- Ao chegar o tempo para que ela [a mensagem do terceiro anjo] seja dada com o máximo poder, o Senhor operará por meio de humildes instrumentos, dirigindo a mente dos que se consagram ao Seu serviço. Os obreiros serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das instituições de ensino. Homens de fé e oração serão constrangidos a sair com zelo santo, declarando as palavras que Deus lhes dá. Os pecados de Babilônia serão revelados. Os terríveis resultados da imposição das observâncias da igreja pela autoridade civil, as incursões do espiritismo, os furtivos mas rápidos progressos do poder papal -- tudo será desmascarado. Por meio destes solenes avisos o povo será comovido. Milhares de milhares que nunca ouviram palavras como essas escutá-las-ão. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 606 (1888). Ev 700 1 Multidões unir-se-ão aos exércitos do Senhor -- Ver-se-ão ... muitos correndo de uma parte para outra, constrangidos pelo Espírito de Deus, para levar a luz a outros. A verdade, a Palavra de Deus, é como um fogo em seus ossos, enchendo-os de ardente desejo de esclarecer os que se assentam nas trevas. Muitos, mesmo entre os iletrados, proclamam agora as palavras do Senhor. Crianças são impelidas pelo Espírito a ir e declarar a mensagem do Céu. O Espírito será derramado sobre todos quantos se submeterem a Suas sugestões e, pondo à margem todo o maquinismo humano, suas regras inibidoras e cautelosos métodos, proclamarão a verdade com a força do poder do Espírito. Multidões receberão a fé e unir-se-ão aos exércitos do Senhor. -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1895. Ev 700 2 Milhares de vozes fazem soar a advertência -- Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro a fim de proclamar a mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes. Satanás também opera com prodígios de mentira, fazendo mesmo descer fogo do céu, à vista dos homens. Assim os habitantes da Terra serão levados a decidir-se. Ev 701 1 A mensagem há de ser levada não tanto por argumentos como pela convicção profunda do Espírito de Deus. Os argumentos foram apresentados. A semente foi semeada e agora brotará e frutificará. As publicações distribuídas pelos missionários têm exercido sua influência; todavia, muitos que ficaram impressionados, foram impedidos de compreender completamente a verdade, ou de lhe prestar obediência. Agora os raios de luz penetram por toda parte, a verdade é vista em sua clareza, e os leais filhos de Deus cortam os liames que os têm retido. Laços de família, relações na igreja, são impotentes para os deter agora. A verdade é mais preciosa do que tudo o mais. Apesar das forças arregimentadas contra a verdade, grande número se coloca ao lado do Senhor. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 612 (1888). Ev 701 2 A descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Buscai-a, orai por ela, crede nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la. -- The Review and Herald, 19 de Março de 1895. Ev 701 3 A chuva serôdia -- Peçam os cristãos. ... com fé a bênção prometida, e ela virá. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos, foi a chuva temporã, e gloriosos foram os resultados. A chuva serôdia, porém, será mais abundante. -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1914. O atual momento de oportunidade Ev 701 4 A obra para hoje -- A terceira mensagem angélica está-se avolumando em um alto clamor, e não vos deveis sentir na liberdade de negligenciar o presente dever e ainda nutrir a idéia de que em algum tempo futuro sereis objeto de grande bênção, quando, sem nenhum esforço de vossa parte, tiver lugar um maravilhoso reavivamento. ... Hoje deveis ter purificado o vosso vaso, a fim de estar pronto para o orvalho celeste, pronto para os chuveiros da chuva serôdia; pois a chuva serôdia há de vir, e a bênção de Deus encherá toda alma que estiver purificada de toda contaminação. É nossa obra hoje submeter nossa alma a Cristo, para que sejamos preparados para o tempo do refrigério pela presença do Senhor -- aptos para o batismo do Espírito Santo. ... Ev 702 1 Em vez de viver na expectação de um período especial de excitação, cumpre-nos aproveitar sabiamente as oportunidades presentes, fazendo o que precisa ser feito para salvação de almas. Em vez de exaurir as faculdades da mente em especulações quanto aos tempos ou às estações que o Senhor estabeleceu pelo Seu próprio poder, e reteve dos homens, devemos submeter-nos ao controle do Espírito Santo, cumprir os deveres presentes, dar o pão da vida, não adulterado pelas opiniões humanas, às almas que estão perecendo pela verdade. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1892. Ev 702 2 Oportunidades sem precedentes -- Nestes dias de viagens, as oportunidades de pôr-se em contato com homens e mulheres de todas as classes e de muitas nacionalidades são muito maiores que nos dias de Israel. As vias de comunicação têm-se multiplicado aos milhares. Deus tem preparado maravilhosamente o caminho. A influência da imprensa, com suas múltiplas facilidades, acha-se ao nosso dispor. Bíblias e publicações em muitas línguas, apresentando a verdade para este tempo, acham-se ao nosso alcance, podendo ser rapidamente levadas a toda parte do mundo. Ev 702 3 Cumpre-nos dar a última advertência de Deus aos homens, e que diligência deveria ser a nossa em estudar a Bíblia, e nosso zelo em disseminar a luz! -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1906. Ev 703 1 Deus providencia estas oportunidades -- Uma crise acha-se precisamente diante de nós. Devemos agora, pelo poder do Espírito Santo, proclamar as grandes verdades para estes últimos dias. Não levará muito tempo para que todos tenham ouvido a advertência e feito sua decisão. Então virá o fim. ... Deus é o grande Obreiro por excelência, e por Sua providência prepara o caminho para que Sua obra se cumpra. Ele provê oportunidades, estabelece esferas de influência e condutos para as atividades. Se Seu povo estiver atento às indicações de Sua providência, e se dispuser a cooperar com Ele, verá cumprido um grande trabalho. -- Vida e Ensinos, 220 (1900). Ev 703 2 As crises nacionais trazem despertamento religioso -- Homens e nações estão sendo hoje testados pelo prumo na mão dAquele que não erra. ... Ev 703 3 Hoje os sinais dos tempos declaram que estamos no limiar de grandes e solenes eventos. Tudo em nosso mundo está em agitação. Ante nossos olhos cumprem-se as profecias do Salvador, de acontecimentos que precederiam Sua vinda. "E ouvireis de guerras e de rumores de guerra. ... Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares." Mateus 24:6, 7. Ev 703 4 O tempo presente é de dominante interesse para todo vivente. Governadores e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção posta nos acontecimentos que tomam lugar ao nosso redor. Estão observando as relações que existem entre as nações. Eles examinam a intensidade que está tomando posse de cada elemento terreno, e reconhecem que algo grande e decisivo está para acontecer -- que o mundo está no limiar de uma crise estupenda. -- Profetas e Reis, 536, 537 (1916). Ev 704 1 Nosso dever no tempo de adiamento -- Os anjos estão agora retendo os ventos da contenda, até que o mundo seja advertido de sua vindoura condenação; uma tempestade, porém, está-se preparando, prestes a irromper sobre a Terra, e quando Deus ordenar a Seus anjos que soltem os ventos, haverá tal cena de conflito que a pena não pode descrever. ... Ev 704 2 Um tempo de adiamento foi-nos graciosamente concedido por Deus. Todo poder a nós emprestado pelo Céu deve ser empregado em fazer a obra que nos foi designada pelo Senhor em benefício dos que estão a perecer na ignorância. ... Ev 704 3 O povo de Deus deve fazer poderosa intercessão junto dEle agora em busca de auxílio. E devem pôr todas as suas energias no esforço de proclamar a verdade durante o adiamento que foi concedido. ... Ev 704 4 Todos os dias nos temos associado com homens e mulheres destinados ao juízo. Cada dia poderá ter sido a linha divisória para alguma alma. Cada dia alguém pode ter tomado a decisão que há de determinar seu futuro destino. -- The Review and Herald, 23 de Novembro de 1905. Ev 704 5 A significação do conflito -- Não compreendemos como devemos o grande conflito que vai em andamento entre agentes invisíveis, o conflito entre os anjos fiéis e os infiéis. Bons e maus anjos contendem sobre todo homem. Isto não é uma luta fictícia. Não é um combate simulado esse em que nos empenhamos. Temos de enfrentar adversários poderosíssimos, e cabe a nós decidir quem ganhará. Cumpre-nos procurar nossa força onde os primitivos discípulos encontraram a deles. -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1914. Ev 705 1 Reavivado o paganismo; denuncia-se o homem do pecado -- Ao nos aproximarmos do fim do tempo, haverá maiores e sempre maiores demonstrações externas do poder pagão; deuses pagãos revelarão seu assinalado poder e se exibirão diante das cidades do mundo. E este plano já começa a cumprir-se. Por uma variedade de imagens representou o Senhor Jesus a João o caráter ímpio e a influência sedutora dos que se têm distinguido por sua perseguição ao povo de Deus. Todos carecem de sabedoria para pesquisar cuidadosamente o mistério da iniquidade que aparece tanto na finalização da história da Terra. Ev 705 2 No próprio tempo em que vivemos, o Senhor chamou Seu povo e encarregou-o de proclamar uma mensagem. Chamou-o para expor a maldade do homem do pecado que fez da lei dominical um poder distintivo, que tem cuidado em mudar os tempos e a lei e em oprimir o povo de Deus que permanece firme para honrá-Lo pela observância do único sábado verdadeiro, o sábado da criação, como sendo santo ao Senhor. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 117, 118. Ev 705 3 Os destemidos mensageiros de Deus -- Neste tempo, quando o fim de todas as coisas terrestres está-se aproximando rapidamente, Satanás está fazendo desesperados esforços para enredar o mundo. Está arquitetando muitos planos para ocupar as mentes e distrair a atenção das verdades essenciais à salvação. ... Ev 705 4 A impiedade está alcançando um nível nunca dantes atingido, contudo, muitos ministros do evangelho estão clamando: "Paz e segurança." Mas os fiéis mensageiros de Deus devem prosseguir firmemente com sua obra Revestidos com a armadura do Céu, devem avançar destemida e vitoriosamente, jamais cessando de lutar até que cada alma a seu alcance tenha recebido a mensagem da verdade para este tempo. -- Atos dos Apóstolos, 219, 220 (1911). O rápido e triunfal ponto culminante Ev 706 1 O evangelho outrora abalou o mundo -- Mediante a cooperação do Espírito divino, os apóstolos fizeram uma obra que abalou o mundo. O evangelho foi levado a todas as nações numa única geração. Ev 706 2 Gloriosos foram os resultados que acompanharam o ministério dos apóstolos escolhidos de Cristo. ... Ev 706 3 Não foi com o seu próprio poder que os apóstolos cumpriram sua missão, mas no poder do Deus vivo. Sua obra não era fácil. Os trabalhos iniciais da igreja cristã foram cercados de dificuldades e amarga aflição. Em sua obra os discípulos encontravam constantes privações, calúnias e perseguições; mas não reputavam sua vida por preciosa, e regozijavam-se em ser chamados a sofrer perseguição por Cristo. A irresolução, a indecisão, a fraqueza de propósitos, não encontravam lugar em seus esforços. Estavam prontos para gastar e se deixarem gastar. A consciência da responsabilidade que repousava sobre eles, enriquecia-lhes a vida cristã; e a graça celeste revelava-se nas conquistas que faziam para Cristo. Com a força da onipotência, Deus operava por meio deles para tornar o evangelho triunfante. -- Idem, 593-595 (1911). Ev 706 4 Um firmamento de escolhidos -- Entre os habitantes do mundo, espalhados por toda a Terra, há os que não têm dobrado os joelhos a Baal. Como as estrelas do céu, que aparecem à noite, esses fiéis brilharão quando as trevas cobrirem a Terra, e densa escuridão os povos. Na África pagã, nas terras católicas da Europa e da América do Sul, na China, na Índia, nas ilhas do mar e em todos os escuros recantos da Terra, Deus tem em reserva um firmamento de escolhidos que brilharão em meio às trevas, revelando claramente a um mundo apóstata o poder transformador da obediência a Sua lei. Mesmo agora eles estão aparecendo em toda nação, entre toda língua e povo; e na hora da mais profunda apostasia, quando o supremo esforço de Satanás for feito no sentido de que "todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apocalipse 13:16), recebam, sob pena de morte, o sinal de submissão a um falso dia de repouso, esses fiéis, "irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa", resplandecerão "como astros no mundo". Filipenses 2:15. Quanto mais escura a noite, com maior brilho eles refulgirão. -- Profetas e Reis, 188, 189 (1916). Ev 707 1 A igreja triunfante -- A obra está prestes a concluir-se. Os membros da igreja militante que se houverem demonstrado fiéis, tornar-se-ão a igreja triunfante. -- Carta 32, 1892. Ev 707 2 E nosso General, que não erra nunca, diz-nos ainda: "Avançai; entrai em novo território; içai o estandarte em toda terra. 'Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.'" Ev 707 3 É chegado o tempo em que, por intermédio dos mensageiros de Deus, o rolo do livro se abrirá ao mundo. A verdade contida na primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, tem de ir a toda nação, tribo, língua e povo; ela deve iluminar as trevas de todo continente, e estender-se às ilhas do mar. Não deve haver dilação nessa obra. Ev 707 4 Nossa divisa deve ser: Para a frente, sempre para a frente! Anjos do Céu irão adiante de nós, a preparar-nos o caminho. Nosso cuidado pelas regiões distantes nunca poderá ser deposto enquanto a Terra inteira não for iluminada com a glória do Senhor. -- Obreiros Evangélicos, 470 (1915). ------------------------Fundamentos do Lar Cristão FC 3 1 Família, uma estrada para a salvação FC 7 1 Capítulo 1 -- A atmosfera do lar FC 12 1 Capítulo 2 -- Como deve ser um lar cristão FC 16 1 Capítulo 3 -- A influência de uma família bem ordenada FC 20 1 Capítulo 4 -- O poderoso testemunho cristão FC 24 1 Capítulo 5 -- Preparo para um casamento feliz FC 30 1 Capítulo 6 -- O valor da educação prática FC 36 1 Capítulo 7 -- Casamentos proibidos FC 44 1 Capítulo 8 -- Casamentos apressados, prematuros FC 48 1 Capítulo 9 -- Divórcio FC 55 1 Capítulo 10 -- Como conviver com o jugo desigual FC 59 1 Capítulo 11 -- Princípios de finanças domésticas FC 67 1 Capítulo 12 -- Religião traz felicidade FC 70 1 Capítulo 13 -- Deveres e privilégios do casal FC 77 1 Capítulo 14 -- O círculo sagrado FC 81 1 Capítulo 15 -- As crianças, uma bênção FC 84 1 Capítulo 16 -- Tarefa que não pode ser transferida FC 87 1 Capítulo 17 -- O tamanho da família FC 92 1 Capítulo 18 -- Tempo para os filhos FC 96 1 Capítulo 19 -- Posição e responsabilidades do pai FC 101 1 Capítulo 20 -- Posição e responsabilidades da mãe FC 109 1 Capítulo 21 -- O primeiro dever da mãe FC 114 1 Capítulo 22 -- Auxiliadores da mãe FC 123 1 Capítulo 23 -- Como manter os filhos na igreja FC 131 1 Capítulo 24 -- As portas que precisamos guardar FC 136 1 Capítulo 25 -- Sons e imagens que encantam FC 140 1 Capítulo 26 -- A leitura e sua influência FC 148 1 Capítulo 27 -- Jogos e recreações FC 155 1 Capítulo 28 -- Guia dos pais para a sociabilidade FC 161 1 Capítulo 29 -- A família -- um centro missionário FC 167 1 Capítulo 30 -- A recompensa, aqui e no futuro ------------------------Família, uma estrada para a salvação FC 3 1 A organização humana na Terra tem como fundamento a formação de comunidades. Bairros, cidades, estados federativos, países e continentes, que nos definem geograficamente, são comunidades de pessoas com identidades, culturas e costumes comuns a cada povo. A família, nesse contexto, é a comunidade básica, o começo de tudo, e é por isso que é tão importante para a formação do caráter e para o desenvolvimento humano. Para Deus, ela representa "o coração da sociedade, da igreja e da nação", nas palavras da escritora Ellen White, autora de Fundamentos do Lar Cristão, livro que você tem agora em mãos. FC 3 2 Neste livro, que é uma síntese atualizada de textos da autora americana, você vai encontrar conselhos e orientações sobre como pavimentar a estrada para um lar feliz, agradável, harmonioso, com espaço para o bem-estar físico, mental e espiritual das pessoas. A escolha do companheiro; normas da vida familiar; o desafio de criar os filhos; o relacionamento conjugal; em cada um desses e em muitos outros assuntos, você terá a orientação profética para a formação de uma família feliz, que é o plano de Deus para todas as pessoas. FC 3 3 Recomendo a leitura deste livro, e sugiro o seu estudo especialmente nos Pequenos Grupos, nas agradáveis reuniões nos lares onde temos a oportunidade de analisar os ensinos e tirar lições úteis para toda a vida. Quero, especialmente, desafiar os líderes de Pequenos Grupos, para que promovam a leitura deste livro nos lares, considerando que esta ação representará para muitas famílias uma intimidade maior com Deus. Usar os Pequenos Grupos para estudar este livro é um plano divino para que a salvação chegue e se consolide em muitos lares. FC 4 1 No momento em que os valores familiares são duramente atacados pelo comportamento liberal propagado nos dias de hoje como um hábito da vida moderna, é imprescindível o estudo e a prática dos conteúdos de Fundamentos do Lar Cristão. Afinal, o Senhor nos confiou o exercício da vigilância, como está escrito em Romanos 12:11: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no Espírito, servindo ao Senhor." Isso é o que Deus espera de nós: cuidar das famílias, transformá-las em lugar seguro para o desenvolvimento da comunhão com Deus. FC 4 2 Para esta tarefa, confiada a cada um de nós, temos o apoio inestimável deste livro. A todos, portanto, boa leitura. E que Deus ilumine nossas famílias até a eternidade. Pastor Geovani Souto de Queiroz, Presidente da União Nordeste Brasileira Igreja Adventista do Sétimo Dia. ------------------------Capítulo 1 -- A atmosfera do lar O coração de toda atividade FC 7 1 A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração "procedem as saídas da vida" (Provérbios 4:23), e o coração da comunidade, da igreja e da nação é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja e a prosperidade da nação dependem das influências domésticas.1 FC 7 2 A elevação ou decadência do futuro da sociedade serão determinadas pelos costumes e pela moral da juventude que cresce ao nosso redor. Como a juventude é educada e como é moldado o seu caráter na infância em hábitos virtuosos, domínio próprio e temperança, assim será sua influência na sociedade. Se os jovens são deixados sem esclarecimento e sem controle, tornando-se voluntariosos, intemperantes em apetite e paixão, isso vai influenciar e moldar a sociedade. As companhias que a juventude mantém agora, os hábitos que forma, os princípios que adota, são uma indicação da espécie de sociedade do futuro.2 O melhor símbolo do céu FC 7 3 O lar deve ser tudo quanto está implícito nessa palavra. Deve ser um pequeno Céu na Terra, um lugar em que se cultivem as afeições em vez de serem cuidadosamente reprimidas. Nossa felicidade depende do cultivo do amor, da simpatia e da verdadeira cortesia de uns para com outros.3 FC 8 1 O mais agradável símbolo do Céu é um lar presidido pelo Espírito do Senhor. Se a vontade de Deus for cumprida, o marido e a esposa se respeitarão mutuamente e cultivarão amor e confiança.4 Importância da atmosfera do lar FC 8 2 A atmosfera que circunda os pais enche a casa, e é sentida em todos os recantos do lar.5 FC 8 3 Os pais criam em alto grau a atmosfera do círculo doméstico, e quando há desinteligência entre os pais, os filhos participam do mesmo espírito. Tornemos agradável a atmosfera do lar mediante terna solicitude. Se em algum momento nos alienamos e deixamos de ser cristãos autênticos, devemos nos converter; pois o caráter que desenvolvermos no tempo de graça será o caráter que teremos por ocasião da volta de Jesus Cristo. Se desejamos ser santos no Céu, devemos começar a ser aqui na Terra. Os traços de caráter que nutrirmos na vida não serão mudados pela morte nem pela ressurreição. Sairemos do sepulcro com a mesma disposição que manifestávamos no lar e na sociedade. Jesus não muda nosso caráter em Sua vinda. A obra de transformação precisa ser feita agora. Nossa vida diária é que determina nosso destino.6 Uma atmosfera pura FC 8 4 Todo lar cristão deve ter regulamentos; e os pais, em palavras e procedimento de um para com o outro, devem dar aos filhos um exemplo precioso e vivo de como querem que eles sejam. A pureza da linguagem e a verdadeira cortesia cristã devem ser constantemente praticadas. Ensinemos as crianças e os jovens a se respeitarem, a ser leais para com Deus e fiéis aos princípios. Temos de ensiná-los a respeitar e obedecer à lei de Deus. Esses princípios lhes regerão a vida e eles serão guiados em suas relações com os demais. Eles desenvolverão uma atmosfera pura, cuja influência encorajará até os mais inseguros no caminho que conduz à santidade e ao Céu. Que cada lição tenha o objetivo de elevar e enobrecer o caráter, e os registros feitos nos livros do Céu serão de tal natureza que não nos envergonharemos de contemplá-los no juízo. FC 9 1 As crianças que receberem essa espécie de instrução... estarão aptas a ocupar lugares de responsabilidade e, por preceito e exemplo, estarão constantemente ajudando outros a proceder retamente. Aqueles cuja sensibilidade moral não foi entorpecida apreciarão os retos princípios; darão justo valor a suas habilidades naturais e farão o melhor uso de suas faculdades físicas, mentais e morais. Tais pessoas serão vigorosamente fortalecidas contra a tentação; estarão protegidas por um muro que não será facilmente derrubado.7 FC 9 2 Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Pais e filhos devem conservar na mente esse fato cada dia, mantendo entre si relações de membros da família de Deus. Então, sua vida será de tal natureza que dará ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor impregnarão o círculo da família como um precioso perfume.8 FC 9 3 Muito depende do pai e mãe. Eles precisam ser firmes e bondosos em sua disciplina, e devem trabalhar o mais diligentemente a fim de ter uma família bem ordenada, correta, e possam os anjos celestiais ser atraídos a fim de comunicar paz e uma influência agradável ao seu lar.9 Alegre e feliz FC 9 4 Jamais nos esqueçamos do dever de tornar o lar alegre e feliz para nós mesmos e para nossos filhos, absorvendo os atributos do Salvador. Se introduzirmos a Cristo no lar, discerniremos o bem do mal. Estaremos aptos a ajudar nossos filhos a ser árvores de justiça, dando os frutos do Espírito.10 FC 9 5 Podem sobrevir aflições, mas isso é a situação da humanidade. Que a paciência, a gratidão e o amor mantenham no coração a luz solar, ainda que o dia pareça nublado.11 FC 9 6 Ainda que simples, o lar pode sempre ser um lugar em que se profiram palavras alegres e se pratiquem atos de bondade, onde a cortesia e o amor sejam hóspedes constantes.12 FC 10 1 Temos que administrar as regras do lar com sabedoria e amor, e não com vara de ferro. As crianças corresponderão com uma obediência voluntária à regra do amor. Elogiemos nossos filhos sempre que houver oportunidade. Tornemos sua vida tão feliz quanto possível. ... Temos que tentar conservar macio o terreno do coração, por meio de manifestações de amor e afeto, preparando-o assim para a semente da verdade. Lembremo-nos de que o Senhor dá à terra não somente nuvens e chuva, mas a linda e risonha luz solar, fazendo com que a semente germine e apareçam as flores. Da mesma forma, as crianças necessitam não somente de repreensão e correção, mas também de afirmação e elogio, a grata satisfação das boas palavras.13 FC 10 2 Não devemos ter contendas em nossa família. "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." Tiago 3:17, 18. É a brandura e a paz que precisamos ter em nossos lares.14 Ternos laços FC 10 3 O vínculo da família é o mais íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção à humanidade. E assim ocorre sempre que se entre inteligentemente para o pacto matrimonial, no temor de Deus, e tomando em devida consideração as suas responsabilidades.15 FC 10 4 Todo lar deve ser um lugar de amor, onde os anjos de Deus habitam atuando com influência sensibilizadora e suavizadora no coração dos pais e dos filhos.16 FC 10 5 Nossos lares precisam tornar-se uma Betel, nosso coração um santuário. Onde o amor de Deus for valorizado, haverá paz, luz e alegria. Precisamos abrir a Palavra de Deus com amor diante de nossa família, e perguntar: "Que disse Deus?" 17 A presença de Cristo faz um lar cristão FC 10 6 O lar embelezado pelo amor, a simpatia e a ternura, é um lugar que os anjos gostam de visitar, e onde Deus é glorificado. A influência de um lar cristão cuidadosamente protegido nos anos da infância e juventude é a mais segura proteção contra as corrupções do mundo. Na atmosfera de um lar assim, as crianças aprenderão a amar tanto a seus pais terrestres como a seu Pai celestial.18 FC 11 1 Desde a infância necessitam os jovens que uma firme barreira seja levantada entre eles e o mundo, para que a influência corruptora do mundanismo não os possa afetar.19 FC 11 2 Cada família cristã deve mostrar ao mundo o poder e a excelência da influência do cristianismo. ... Os pais têm de avaliar sua responsabilidade de manter seu lar livre de toda mancha de imoralidade.20 FC 11 3 A santidade perante Deus precisa impregnar o lar. ... Pais e filhos devem se unir para cooperar com Deus. Devem ajustar seus hábitos e práticas em harmonia com o plano divino.21 FC 11 4 As relações de família têm de ser santificadoras em sua influência. Os lares cristãos, estabelecidos e dirigidos em conformidade com o plano de Deus, são um maravilhoso auxílio na formação do caráter cristão. ... Pais e filhos se devem unir em oferecer amorável serviço Àquele que, unicamente, pode guardar puro e nobre o amor humano.22 FC 11 5 A primeira obra a ser feita no lar cristão é assegurar-se de que o Espírito de Deus aí habite, que cada membro da família seja capaz de tomar sua cruz e seguir aonde Jesus o conduzir.23 ------------------------Capítulo 2 -- Como deve ser um lar cristão O lugar mais atrativo do mundo FC 12 1 Ao passo que estão sobre os pais pesadas responsabilidades quanto a proteger cuidadosamente a futura felicidade e os interesses de seus filhos, é também dever deles tornar o lar o mais atrativo possível. Isso é de importância incomparavelmente maior do que adquirir propriedades ou juntar dinheiro. Não deve faltar alegria ao lar. A satisfação de pertencer à família deve ser nutrida no coração dos filhos, para que eles possam volver os olhos ao lar de sua infância como a um lugar de paz e felicidade, parecido com o Céu. Então, quando se tornarem adultos, será a sua vez de proporcionar conforto e ser uma bênção aos seus pais.1 FC 12 2 O lar precisa ser para as crianças o mais atrativo lugar do mundo, e sua maior atração é a presença da mãe. As crianças têm natureza sensível e amorosa. É fácil agradá-las, mas é igualmente fácil torná-las infelizes. Mediante uma disciplina branda, com palavras e atos amáveis, as mães podem unir os filhos ao seu coração.2 Limpo, bem arrumado, em ordem FC 12 3 A limpeza, o cuidado e a ordem são indispensáveis para a manutenção adequada da família. Mas quando a mãe faz dessas coisas o seu único objetivo, e a ele se devota com negligência do desenvolvimento físico e do cultivo mental e moral dos filhos, comete lamentável erro.3 FC 13 1 Deve-se ensinar às pessoas que, mesmo sendo pobres, não precisam ter falta de higiene nem estar mal arrumadas, nem pessoalmente nem sua casa. É necessário ajudar nesse sentido aos que parecem não ter senso da sua importância e do valor do asseio. É preciso ensinar aos que devem representar o alto e santo Deus que eles têm de manter sua vida pura e limpa, e que essa pureza inclui seu vestuário e tudo quanto faz parte do lar, de modo que os anjos tenham prova de que a verdade operou uma mudança na vida, purificando o caráter e refinando as preferências. Os que, depois de receberem a verdade, não mudam suas palavras e conduta, sua maneira de vestir e de cuidar do ambiente, estão vivendo para si mesmos, não para Cristo. Não foram criados de novo em Cristo Jesus, para purificação e santidade. ... FC 13 2 Embora nos devamos guardar contra desnecessários adornos e ostentações, não devemos, de maneira alguma, ser descuidados e indiferentes quanto a nossa aparência. Tudo quanto diz respeito a nossa pessoa e a nosso lar deve ser bem arranjado e atrativo. É necessário ensinar aos jovens a importância de manter uma aparência acima da crítica, uma forma de viver que honre a Deus e a verdade.4 FC 13 3 A negligência da higiene leva à doença. A enfermidade não vem sem causa. Em vilas e cidades consideradas perfeitamente saudáveis têm ocorrido violentas epidemias, resultando em mortes e seqüelas. Em muitos casos, o próprio ambiente no qual viviam as pessoas contribuiu para que os agentes de destruição envenenassem a atmosfera inalada pela família e a vizinhança. É surpreendente notar a ignorância dominante quanto aos efeitos produzidos pela falta de cuidados e a desatenção para com a saúde.5 Organização é fundamental FC 13 4 Deus Se desagrada com a desordem, o desleixo e a falta de esmero em quem quer que seja. Essas deficiências são males sérios e tendem a comprometer as afeições do marido para com a mulher quando ele aprecia a ordem, filhos bem disciplinados e uma casa bem governada. A mãe e esposa não consegue tornar a casa aprazível e feliz a menos que ame a ordem, mantenha sua dignidade e seja zelosa; portanto, todos quantos estão falhando nesse ponto devem começar imediatamente a corrigir-se, e aprimorar aqueles aspectos que constituem seus pontos fracos.6 Vigilância e diligência FC 14 1 Quando nos entregamos sem reservas ao Senhor, os deveres simples e comuns da vida doméstica serão olhados em sua verdadeira importância, e cumpridos de acordo com a vontade de Deus. Devemos estar atentos, vigiando quanto à vinda do Filho do homem; e precisamos também ser diligentes; requer-se que vigiemos tanto quanto nos é requerido que trabalhemos. Importa haver uma união dessas duas coisas. Isso proporciona equilíbrio ao caráter cristão, fazendo-o bem desenvolvido e simétrico. Não devemos achar que podemos negligenciar tudo o mais e nos entregarmos à meditação, ao estudo ou à oração. Também não devemos ser tumultuosos, apressados e ativos, a ponto de prejudicar a piedade pessoal. Devemos misturar a espera, a vigilância e o trabalho. "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:11.7 Comodidades que poupam trabalho FC 14 2 Em muitos lares, a esposa e mãe não tem tempo para ler e manter-se bem informada, nem para servir de companheira ao marido, ou estar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Não há tempo para o precioso Salvador Se tornar um companheiro íntimo e querido. Ela imerge pouco a pouco unicamente nas atividades domésticas, absorvendo suas forças, seu tempo e interesses nas coisas que perecem com o uso. Demasiado tarde, ela desperta para o fato de se achar quase uma estranha em sua própria casa. As preciosas oportunidades que lhe foram concedidas para influenciar seus queridos no sentido de uma vida mais elevada, e que ela não soube aproveitar, passaram para sempre. FC 14 3 Resolvam as donas-de-casa viver de maneira mais sábia. Seja seu primeiro objetivo tornar o lar aprazível. Procurem providenciar as condições que amenizam o trabalho e promovem a saúde.8 Até as mais humildes tarefas FC 15 1 Todo serviço que fazemos e que é necessário ser feito, seja lavar a louça, pôr a mesa, cuidar de um doente, cozinhar ou lavar, é de importância moral... . As humildes tarefas que estão diante de nós, devem ser executadas por alguém; e os que as desempenham devem sentir estarem realizando uma obra necessária e honrosa, e que em sua missão, por humilde que seja, estão fazendo uma obra de Deus, tão certo como o estava Gabriel quando enviado aos profetas. Todos, em suas respectivas esferas, estão trabalhando naquilo que lhes foi designado. As mulheres em seu lar, cumprindo os simples deveres da vida que precisam ser atendidos, podem e devem manifestar fidelidade, obediência e amor tão sinceros como os anjos em sua esfera. A conformidade com a vontade de Deus torna qualquer obra que precise ser feita uma tarefa honrosa.9 ------------------------Capítulo 3 -- A influência de uma família bem ordenada Uma lição objetiva FC 16 1 A missão do lar estende-se para além do círculo dos seus membros. O lar cristão deve ser uma lição prática que ponha em relevo a excelência dos princípios verdadeiros da vida. Semelhante exemplo será no mundo uma força para o bem. ... Ao deixarem um lar assim, os jovens ensinarão as lições que aí aprenderam. Por essa maneira, penetrarão em outros lares princípios mais nobres de vida, e uma influência regeneradora será sentida na sociedade.1 FC 16 2 O lar em que os membros são polidos, cristãos corteses, exerce vasta influência para o bem. Outras famílias notarão os resultados conseguidos por um lar assim, e seguirão o exemplo dado, guardando por sua vez o lar contra as influências satânicas. Os anjos de Deus visitarão com frequência o lar em que a vontade de Deus domina. Sob o poder da graça divina esse lar se torna um lugar revigorador para os enfraquecidos e fatigados peregrinos. Mediante vigilância no dominar-se, impede-se que o próprio eu se afirme. Formam-se hábitos corretos. Há cuidadoso reconhecimento dos direitos alheios. A fé que opera por amor e dá sentido à vida serve de leme, direcionando toda a família. Sob a santificada influência de tal lar, o princípio da fraternidade estabelecido na Palavra de Deus é mais amplamente reconhecido e obedecido.2 A influência de uma família bem ordenada FC 17 1 Não é questão de pequena importância para uma família, o manter a posição de representantes de Jesus, guardando a lei de Deus em ambiente de incrédulos. Requer-se de nós que sejamos cartas vivas, conhecidas e lidas "por todos os homens". 2 Coríntios 3:2. Essa posição envolve tremendas responsabilidades.3 FC 17 2 Uma família bem ordenada, bem disciplinada, fala mais em favor do cristianismo do que todos os sermões que se possam pregar. Uma família assim dá prova de que os pais foram bem-sucedidos em seguir as instruções de Deus, e de que seus filhos O servirão na igreja. Sua influência aumenta, pois, à medida que comunicam, recebem para tornar a comunicar. O pai e a mãe encontram auxiliares nos filhos, os quais transmitem a outros as instruções recebidas no lar. A vizinhança deles é beneficiada, pois com isso se enriquece para o tempo e a eternidade. Toda a família se acha empenhada no serviço do Mestre; e pelo seu piedoso exemplo são outros inspirados a ser fiéis e leais a Deus no trato com o Seu rebanho, Seu lindo rebanho.4 FC 17 3 A maior prova do poder do cristianismo, que se pode apresentar ao mundo, é a de uma família bem ordenada, bem disciplinada. Isso recomenda a verdade como nenhuma outra coisa o pode fazer, pois é um testemunho vivo de seu poder sobre o coração.5 FC 17 4 A melhor prova de cristianismo de uma família é o tipo de caráter gerado pela sua influência. As ações falam mais alto que a mais positiva profissão de piedade.6 FC 17 5 Nossa ocupação neste mundo... é descobrir que virtudes podemos ensinar a nossos filhos e nossa família, a fim de que exerçam influência sobre outras famílias, e assim podemos ser uma força educadora ainda que jamais venhamos a abraçar o magistério. Uma família bem ordenada e disciplinada é mais preciosa aos olhos de Deus do que ouro fino, mesmo que o mais fino ouro de Ofir.7 Maravilhosas possibilidades FC 17 6 Curto é o tempo de que dispomos. Não podemos passar por este mundo mais de uma vez; tiremos pois, ao fazê-lo, o melhor proveito de nossa vida. A tarefa a que somos chamados não requer riquezas, posição social, nem grandes capacidades. O que se requer é um espírito bondoso e desprendido, e firmeza de propósito. Uma luz, por pequena que seja, se está sempre brilhando, pode servir para acender outras muitas. Nossa esfera de influência pode parecer limitada, nossa capacidade diminuta, escassas as oportunidades, nossos recursos reduzidos; no entanto, se soubermos aproveitar fielmente as oportunidades de nossos lares, maravilhosas serão nossas possibilidades. Se abrirmos o coração e o lar aos divinos princípios da vida, poderemos ser condutos que levem correntes de força vivificante. De nosso lar fluirão rios de vida e de saúde, de beleza e fecundidade numa época como esta, em que tudo é desolação e esterilidade.8 FC 18 1 Os pais tementes a Deus difundirão de seu círculo doméstico para os de outros uma influência que atuará como aquele fermento que foi escondido em três medidas de farinha.9 FC 18 2 O trabalho fiel feito em casa educa outros a fazerem a mesma espécie de trabalho. O espírito de fidelidade para com Deus é como fermento e, quando for manifestado na igreja, terá efeito sobre outros, e será uma recomendação para o cristianismo em toda parte. A obra dos soldados de Cristo que a Ele se devotam inteiramente é de tão vasto alcance como a própria eternidade. Então, por que há tanta falta de espírito missionário em nossas igrejas? É por haver negligência na piedade doméstica.10 A influência de uma família mal dirigida FC 18 3 A influência de uma família mal dirigida é dilatada e desastrosa para toda a sociedade. Acumula uma onda de males que afeta famílias, comunidades e governos.11 FC 18 4 É impossível viver de maneira que não exerçamos influência no mundo. Membro algum da família poderá encerrar-se em si mesmo de maneira que nenhum outro membro não lhe sinta a influência e o espírito. A própria expressão da fisionomia terá influência para o bem ou para o mal. Seu espírito, palavras, ações e atitudes para com os outros, serão inequívocos. Se essa pessoa viver no egoísmo, reterá como que uma atmosfera má ao seu redor; ao passo que se estiver cheia do amor de Cristo manifestará cortesia, bondade, terna consideração para com os sentimentos de outros e, através de atos de amor, comunicará àqueles com quem convive sentimentos brandos, gratos e felizes. Ficará evidente que ela vive para Jesus e que aprende diariamente lições a Seus pés, dEle recebendo luz e paz. Estará habilitada a dizer ao Senhor: "Pela Tua brandura me vieste a engrandecer." 2 Samuel 22:36.12 ------------------------Capítulo 4 -- O poderoso testemunho cristão Os melhores missionários FC 20 1 Os missionários do Mestre são melhor preparados em lares cristãos, onde Deus é temido, onde Deus é amado, onde Deus é adorado, onde a fidelidade se tornou uma segunda natureza, onde não se permite dar aos deveres domésticos atenção descuidada e casual, onde a tranqüila comunhão com Deus é considerada essencial ao fiel cumprimento dos deveres diários.1 FC 20 2 Os deveres domésticos devem ser cumpridos com a consciência de que se forem desempenhados no devido espírito, comunicarão uma experiência que nos habilitará a trabalhar para Cristo de maneira mais permanente e proveitosa. Oh, quanto poderia realizar um cristão ativo no terreno missionário cumprindo fielmente os deveres diários, levantando alegremente a cruz, não negligenciando nenhum trabalho, embora desagradável pelas inclinações naturais! 2 FC 20 3 Nossa obra para Cristo deve começar com a família, no lar. ... Não existe campo missionário mais importante do que esse. ... FC 20 4 Muitos descuidaram vergonhosamente desse campo do lar, e é tempo de que sejam apresentados recursos e remédios divinos para corrigir esse mal.3 FC 20 5 O mais alto dever que pesa sobre os jovens está no próprio lar, sendo uma bênção ao pai e à mãe, aos irmãos e irmãs, mediante afeição e verdadeiro interesse. Aí podem eles manifestar abnegação e desprendimento de si mesmos no cuidado e serviço por outros. ... Que influência pode uma irmã exercer sobre os irmãos! Se ela for reta, poderá determinar o caráter deles! Suas orações, sua gentileza e afeição muito podem efetuar no ambiente da família.4 FC 21 1 Aqueles que receberam a Cristo devem demonstrar na família o que a graça fez por eles. "A todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu nome." João 1:12. O verdadeiro crente em Cristo possui uma autoridade natural a qual torna sua influência sensível a toda a família. Isso ajuda no aperfeiçoamento do caráter de todos no lar.5 Argumento que não pode ser anulado FC 21 2 Um lar cristão bem ordenado é poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã -- argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver que há na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de Abraão está com eles. Se os lares dos professos cristãos tivessem um molde religioso correto, exerceriam uma poderosa influência para o bem. Seriam, na verdade, a luz do mundo.6 Influência ampliada FC 21 3 Os filhos devidamente educados, que gostam de ser úteis, de ajudar o pai e a mãe, estendem o conhecimento das idéias corretas e dos princípios bíblicos a todos com quem entram em contato.7 FC 21 4 Quando nossa própria casa for o que deve ser, não deixaremos que nossos filhos cresçam na ociosidade e indiferença para com os reclamos de Deus em favor dos necessitados que os rodeiam. Como a herança do Senhor, estarão habilitados para empreender a obra onde estiverem. Desses lares resplandecerá uma luz que se revelará em favor dos ignorantes, levando-os à fonte de todo o conhecimento. Exercerão influência poderosa em favor de Deus e de Sua verdade.8 FC 21 5 Pais que de outro modo não seriam alcançados, são-no com freqüência por meio de seus filhos.9 Luz para os vizinhos FC 22 1 Precisamos de mais pais radiantes e radiantes cristãos. Achamo-nos demasiado fechados em nós mesmos. Com freqüência, as palavras bondosas e animadoras, o sorriso alegre, são retidos de nossos filhos e dos opressos e desanimados. FC 22 2 Pais, repousa sobre vocês a responsabilidade de ser portadores e refletores de luz. Brilhem no lar como luzes, iluminando o trilho que os filhos têm de palmilhar. Assim fazendo, sua luz irradiará de maneira poderosa.10 FC 22 3 De todo lar cristão deveria resplandecer uma santa luz. O amor deveria revelar-se nas ações. Deve ser notável em toda relação doméstica uma cortesia gentil, abnegada, que resulta em bondade prática. Há lares em que esse princípio é vivido, nos quais Deus é adorado, e onde reina o mais verdadeiro amor. Desses lares as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da manhã.11 Resultados da unidade FC 22 4 A primeira obra dos cristãos é manter a unidade da família. Depois, a influência se deve estender a seus vizinhos de perto e de longe. Os que receberam luz precisam deixá-la irradiar em límpidos raios. Suas palavras, que demonstram o amor de Cristo, precisam ser um cheiro de vida para vida.12 FC 22 5 Quanto mais intimamente forem unidos os membros da família em sua obra no lar, tanto maior será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão fora dele.13 Homens bons são os mais necessários FC 22 6 A felicidade de famílias e igrejas depende das influências domésticas. Os interesses eternos dependem do adequado desempenho dos deveres desta vida. O mundo não necessita tanto de grandes mentalidades como de homens bons, que sejam uma bênção em seu lar.14 Evitar erros que possam cerrar portas FC 23 1 Quando a religião se manifesta no lar, sua influência é sentida na igreja e na vizinhança. Mas alguns que professam ser cristãos conversam com os vizinhos acerca de suas dificuldades domésticas. Contam suas dificuldades, de modo a atrair a si a simpatia; é, porém, grande erro derramar nossas aflições nos ouvidos de outros, especialmente quando muitos de nossos desgostos são fabricados e existem devido a nossa falta de espiritualidade e caráter defeituoso. Os que saem para contar suas mágoas particulares a outros fariam melhor em ficar em casa para orar, entregar sua vontade perversa a Deus, cair sobre a Rocha e se despedaçarem, morrerem para o próprio eu para que Jesus os faça vasos de honra.15 FC 23 2 Uma falta de cortesia, um momento de petulância, uma única palavra áspera, irrefletida, pode manchar a reputação e cerrar de tal modo a porta dos corações, que nunca mais sejam alcançados.16 O cristianismo irradia até longe FC 23 3 O esforço de fazer do lar o que ele deve ser -- um símbolo do lar celestial -- prepara-nos para atuar em uma esfera mais ampla. A educação recebida através da terna consideração de uns pelos outros, habilita-nos para saber atingir os corações que precisam aprender os princípios da verdadeira religião. A igreja necessita de todas as energias espirituais para que todos, e em especial os membros mais novos da família do Senhor, sejam cuidadosamente guardados. FC 23 4 A verdade vivida em casa pode ser percebida no desinteressado serviço fora do lar. Aquele que vive o cristianismo no lar, será em toda parte uma brilhante luz.17 ------------------------Capítulo 5 -- Preparo para um casamento feliz Um casamento feliz ou infeliz? FC 24 1 Caso aqueles que pensam em casar-se não queiram fazer amargas, infelizes reflexões depois do casamento, precisam torná-lo objeto de considerações sérias, atentas agora. Dado precipitadamente, esse passo é um dos meios mais eficazes para arruinar a utilidade de rapazes e moças. A vida se torna um fardo, uma maldição. Pessoa alguma pode com mais eficácia estragar a felicidade e a utilidade de uma mulher, e tornar-lhe a vida mais pesado fardo, que seu marido; e ninguém pode fazer a centésima parte para despedaçar as esperanças e aspirações de um homem, para lhe paralisar as energias e arruinar-lhe a influência e as perspectivas, como sua própria esposa. É da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nesta vida, e suas esperanças de existência futura.1 FC 24 2 Quisera poder fazer com que a juventude visse e sentisse seu perigo, especialmente o de fazerem casamentos infelizes.2 FC 24 3 O casamento é algo que influenciará e afetará sua vida tanto neste mundo como no futuro. Um cristão sincero não levará avante seus planos sem saber se Deus lhe aprova as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. O mais importante não é agradar a nós mesmos, pois Cristo não agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deve casar com uma pessoa a quem não ama. Isso é pecado. Porém, a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de arrastar alguém para a ruína. Deus requer integralmente o coração, o supremo afeto.3 Sem pressa FC 25 1 Poucos têm idéias corretas acerca da relação conjugal. Muitos pensam que o casamento é a conquista da perfeita bem-aventurança; mas se soubessem um quarto dos pesares de homens e mulheres ligados pelos votos matrimoniais em cadeias que eles não podem e nem conseguem quebrar, não se surpreenderiam que eu traçasse estas linhas. O casamento, na maioria dos casos, é um jugo de aflições. Milhares há que se acham acasalados, porém não casados. Os livros do Céu acham-se carregados com os infortúnios, a impiedade e o abuso que se ocultam sob o manto do casamento. Eis porque eu desejo advertir os jovens que se acham em idade de casar para que tenham menos pressa na escolha de um companheiro. O caminho da vida conjugal pode parecer belo e pleno de felicidade; mas também pode ser a via mais rápida para a decepção, como milhares a têm experimentado.4 FC 25 2 Os que pensam em casar-se devem pensar no caráter e influência do lar que vão fundar. Ao se tornarem pais, é-lhes confiada uma sagrada responsabilidade. Deles depende, em grande medida, o bem-estar dos filhos neste mundo e sua felicidade no mundo por vir. Eles determinam em grande extensão a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança.5 Fatores vitais na escolha FC 25 3 Deve a juventude cristã exercer grande cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. É necessário cuidado, para que isso que agora parece ouro puro, não se revele metal vil. As companhias profanas tendem a pôr obstáculos no caminho do seu relacionamento com Deus, e muitas vidas são arruinadas por uniões infelizes, quer nos negócios quer no casamento, com os que não podem elevar ou enobrecer.6 FC 26 1 É hora de pesar cada sentimento e observar todo desenvolvimento de caráter naquele com quem você pensa ligar o destino de sua vida. O passo que você está prestes a dar é um dos mais importantes em sua vida, e não deve ser dado precipitadamente. Embora haja amor, o amor não deve ser cego. FC 26 2 Agora é o momento de examinar cuidadosamente para tentar antecipar se sua vida conjugal será feliz ou destituída de harmonia e arruinada. Eis algumas perguntas que devem ser formuladas: Essa união vai me aproximar do Céu? Aumentará meu amor para com Deus? Ampliará minha utilidade nesta vida? Se essas reflexões não apresentarem motivos para recuo, então, continue avante, no temor de Deus.7 FC 26 3 Muitos homens e mulheres agiram, ao se casarem, como se a única questão que lhes cabia resolver era se amavam um ao outro. Mas devem compreender que a responsabilidade que repousa sobre eles no casamento é maior do que essa. Devem considerar se seus descendentes terão saúde física e força mental e moral. Mas poucos agiram com motivos nobres e com elevadas considerações que não poderiam rejeitar levianamente -- que a sociedade tinha sobre eles direitos e que o peso da influência de sua família faria diferença para melhor ou para pior.8 FC 26 4 A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a melhor assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual -- de maneira que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador.9 Qualidades a serem buscadas numa esposa FC 26 5 Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor. FC 26 6 "Do Senhor vem a mulher prudente." Provérbios 19:14. "O coração do seu marido está nela confiado. ... Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior." Provérbios 31:11, 12, 26-29. O que consegue tal esposa "acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor". Provérbios 18:22.10 FC 27 1 Eis algumas coisas que devem ser consideradas: Trará essa mulher felicidade ao seu lar? Ela é econômica, ou há de, quando casada, gastar não somente os rendimentos dela, mas também todos os do marido para satisfazer a vaidade, o amor da aparência? São seus princípios corretos nesse sentido? Possui ela, agora, alguma coisa de que possa depender? ... Sei que, no espírito de um homem absorvido pelo amor e pensamentos de casamento, essas perguntas talvez sejam varridas para longe como de nenhuma importância. Essas coisas, no entanto, devem ser devidamente consideradas, porquanto têm que ver com sua vida futura. ... FC 27 2 Ao escolher uma esposa, não deixe de estudar seu caráter. É ela paciente e cuidadosa? Ou será capaz de desprezar a sua mãe e o seu pai, justamente no momento em que eles podem vir a necessitar de um filho forte em que se apoiarem? Ou a tendência dela será de afastar esse filho do convívio deles a fim de levar avante seus planos e servir a seu prazer, deixando o pai e a mãe que, em vez de ganharem uma filha afetuosa, perderam um filho? 11 Qualidades a serem buscadas num marido FC 27 3 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e o espírito, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa.12 FC 28 1 Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer evitar futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente mãe? Que espécie de caráter tem ela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É ele atencioso para com os desejos e a felicidade dela? Se ele não respeita nem honra a mãe, será que manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá.13 Aceitar apenas traços puros FC 28 2 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus.14 FC 28 3 Evite os que são irreverentes. Evite aquele que ama a ociosidade; e também o que for zombador das coisas sagradas. Esquive-se da companhia daquele que usa linguagem profana, ou é dado ao uso de um pouco que seja de bebida alcoólica. Não escute as propostas de um homem que não tem percepção de sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a vida, lhe dará coragem para se desvencilhar da mais aprazível relação de amizade com quem vê que não ama nem teme a Deus, nem conhece os princípios da verdadeira justiça. Pode-se até suportar as fraquezas de um amigo e sua ignorância, porém nunca os seus vícios.15 É mais fácil cometer do que corrigir um erro FC 28 4 Os casamentos planejados de modo impulsivo ou egoísta não dão em geral bom resultado; ao contrário, se demonstram lamentáveis fracassos. Ambas as partes sentem-se enganadas, e de boa vontade desfariam aquilo que fizeram enquanto estavam cegos pela paixão. É mais fácil, muito mais fácil, cometer um erro, do que corrigi-lo depois de cometido.16 É melhor romper um noivado imprudente FC 29 1 Mesmo que você tenha chegado ao noivado, sem pleno conhecimento do caráter da pessoa com quem pretenda se unir, não pense que o noivado constitua uma obrigação de chegar até os votos matrimoniais e ligar sua vida a uma pessoa a quem não possa amar e respeitar. Tenha muito cuidado antes de noivar; porém, é melhor, muito melhor, romper com o noivado antes do casamento, do que se separar depois, como fazem muitos.17 FC 29 2 Talvez você diga: "Mas eu dei minha palavra, deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrata-se sem demora, e em humildade perante Deus arrependa-se da imprudência que a levou a assumir tão precipitadamente um compromisso. É muito melhor desistir de tal promessa, no temor de Deus, do que mantê-la e desse modo desonrar a seu Criador.18 FC 29 3 Seja todo passo em direção ao casamento caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar.19 ------------------------Capítulo 6 -- O valor da educação prática Essencial o preparo para o casamento FC 30 1 Sob nenhum pretexto deve o compromisso matrimonial ser assumido antes que os pretendentes tenham conhecimento dos deveres da vida doméstica prática. A esposa deve ter cultura mental e boas maneiras que a qualifiquem para educar corretamente os futuros filhos.1 FC 30 2 Muitas senhoras consideradas bem educadas, diplomadas com distinção em alguma instituição de ensino, são vergonhosamente ignorantes dos deveres práticos da vida. São destituídas das qualificações necessárias para a devida regulamentação da família e por isso mesmo essencial a sua felicidade. Podem falar da elevada posição da mulher e seus direitos, mas elas mesmas ficam longe de alcançar a verdadeira posição da mulher. FC 30 3 É direito de toda filha de Eva ter conhecimento completo dos deveres domésticos, receber preparo em cada aspecto do trabalho do lar. Toda jovem deve ser educada de tal maneira que, se chamada a ocupar a posição de esposa e mãe, possa governar como uma rainha em seu domínio. Deve ela ser plenamente capaz de guiar e instruir os filhos, dirigir os empregados e, se necessário, realizar com as próprias mãos as atividades do lar. É seu direito compreender o funcionamento do corpo humano e os princípios de higiene, os assuntos relacionados com o regime alimentar e o vestuário, trabalho e recreação, e outros pormenores sem conta relacionados com o bem-estar de sua família. FC 31 1 Ela deve ter oportunidade de obter conhecimento dos melhores métodos de tratar as enfermidades para que possa cuidar dos filhos quando enfermos, antes de deixar seus preciosos tesouros nas mãos de enfermeiras e médicos estranhos. FC 31 2 A idéia de que o despreparo para os afazeres domésticos é uma característica básica de um perfeito cavalheiro ou dama é contrária ao plano de Deus na criação do homem. A indolência é um pecado e a ignorância de deveres comuns o resultado de estultícia, que durante a vida dará ampla ocasião para amargo arrependimento.2 FC 31 3 As jovens entendem ser coisa servil cozinhar e fazer outros serviços domésticos; e, por isso, muitas jovens que se casam e têm cuidado de família, pouca idéia possuem dos deveres que pesam sobre a esposa e mãe.3 FC 31 4 Deveria ser uma lei que os jovens não se casassem enquanto não soubessem como cuidar dos filhos que vierem formar sua família. Devem saber como cuidar da família que Deus lhes deu. A menos que aprendam a respeito das leis que Deus estabeleceu, não podem compreender seus deveres para com Deus ou para consigo mesmos.4 A educação doméstica no currículo escolar FC 31 5 A educação que os rapazes e moças que freqüentam nossos colégios deviam receber a respeito da vida doméstica é digna de especial atenção. É de grande importância na obra da formação do caráter que os alunos que freqüentam nossos colégios sejam ensinados a desempenhar o trabalho que lhes é designado, afastando toda inclinação para a indolência. Eles precisam familiarizar-se com as tarefas da vida diária. Devem ser ensinados a executar os deveres domésticos de forma completa e zelosa, com o mínimo de ruído e confusão possível. Tudo deve ser feito decentemente e com ordem. A cozinha e todas as demais partes da habitação devem ser conservadas atrativas e limpas. Os livros devem ser postos de lado até o tempo próprio, e nenhum estudo além do que pode ser atendido sem prejuízo dos deveres domésticos deve ser assumido. O estudo de livros não deve absorver a mente a tal ponto que se negligenciem os deveres de que depende o conforto da família. FC 32 1 No cumprimento desses deveres, importa vencer os hábitos descuidados, negligentes e desordenados; pois a menos que sejam corrigidos, tais hábitos serão levados para todos os aspectos da vida, e esta será arruinada em sua utilidade.5 Indispensável a noção de obrigações domésticas FC 32 2 Muitas matérias de estudo que consomem o tempo do estudante não são essenciais à utilidade ou felicidade; entretanto, é fundamental a todo jovem familiarizar-se completamente com os deveres de cada dia. Sendo necessário, uma jovem pode dispensar os conhecimentos de francês ou álgebra, ou mesmo de piano; mas é indispensável que aprenda a preparar bom pão, costurar e executar com eficiência os muitos deveres referentes ao lar. FC 32 3 Nada é de maior importância para a saúde e felicidade de toda a família do que habilidade e conhecimento por parte de quem cozinha. Pela alimentação mal preparada ou inadequada pode-se impedir e mesmo arruinar não somente a utilidade dos adultos como também o desenvolvimento das crianças. Provendo, porém, alimento adaptado às necessidades do corpo, e ao mesmo tempo apetitoso e saudável, poderá fazer tanto no sentido correto, quanto faria na direção errada, se agisse de forma contrária. Assim, de muitas maneiras, a felicidade na vida depende da forma como são executados os deveres mais simples.6 Atenção aos princípios de higiene FC 32 4 Os princípios de higiene relacionados com o regime alimentar, exercício, cuidado das crianças, tratamento dos doentes, e muitas outras coisas semelhantes, devem receber muito mais atenção do que em geral recebem.7 FC 32 5 No estudo da higiene, o professor inteligente aproveitará todas as oportunidades para mostrar a necessidade de perfeita limpeza, tanto nos hábitos pessoais como no ambiente. ... É necessário ensinar aos alunos que um quarto de dormir saudável, uma cozinha perfeitamente limpa, uma mesa arranjada com gosto e suprida de alimentos adequados, farão mais no sentido de conseguir a felicidade da família e a consideração de todo visitante sensato do que o faria qualquer peça de mobília dispendiosa na sala de visitas. Reconhecer que "mais é a vida do que o sustento, e o corpo mais do que as vestes" (Lucas 12:23) -- é uma lição não menos necessitada hoje do que quando foi dada pelo divino Mestre, há quase dois mil anos.8 Jovem aconselhada a adquirir hábitos de trabalho FC 33 1 Você possui peculiaridades de caráter que necessitam ser rigorosamente disciplinadas e decididamente controladas antes que possa com segurança casar-se. Portanto, o casamento deve sair de sua cogitação até que tenha vencido os defeitos de seu caráter, pois não será uma esposa feliz. Você tem negligenciado educar-se para o trabalho doméstico sistemático. Não tem julgado necessário adquirir hábitos de laboriosidade. O hábito de encontrar prazer no trabalho necessário, uma vez formado, jamais será perdido. Você estará, então, em condições de enfrentar qualquer situação na vida. Aprenderá a amar a atividade. Se encontrar prazer no trabalho útil, sua mente se ocupará com a sua atividade, e não encontrará tempo para acariciar sonhos fantasiosos. FC 33 2 O conhecimento do trabalho proveitoso propiciará a seu espírito insatisfeito e inquieto energia mental, eficiência e uma dignidade modesta e apropriada que imporá respeito.9 Valor da educação prática para moças FC 33 3 Muitos que consideram necessário que seu filho seja habilitado a ganhar a própria manutenção futura, parecem considerar inteiramente facultativo a sua filha estar ou não preparada para ser independente e manter-se com seu trabalho. Em geral, ela aprende pouco na escola em termos de ensinamento prático quanto a ganhar o seu pão de cada dia; e como não recebe qualquer instrução no lar no que respeita aos mistérios da cozinha e da vida doméstica, ela cresce inteiramente inabilitada, constituindo um fardo para seus pais. ... FC 34 1 Uma mulher que tenha sido ensinada a cuidar de si mesma está também capacitada a cuidar de outros. Jamais será uma inútil na família ou na sociedade. Quando tiver de enfrentar dificuldades, ela terá uma forma de ganhar a vida honestamente e ajudar os que dela dependem. A mulher deve ser preparada para exercer atividades que lhe permitam ganhar a subsistência, se necessário. Além de outras honrosas ocupações, toda jovem deve aprender as atividades domésticas, como cozinhar, arrumar ou costurar. Deve conhecer tudo quanto seja necessário para uma dona-de-casa, seja sua família rica ou pobre. Então, se sobrevier a adversidade, ela estará preparada para qualquer emergência; ela sobreviverá, independentemente das circunstâncias.10 FC 34 2 O conhecimento das atividades domésticas é imprescindível para toda mulher. Há um sem-número de famílias cuja felicidade foi posta a perder pela ineficiência da esposa e mãe. Não é tão importante que nossas filhas aprendam pintura, bordado, música, nem cálculos complicados ou figuras de retórica, como é importante que aprendam a cortar, costurar ou adaptar suas próprias roupas, ou a preparar o alimento de maneira saudável e apetitosa. Quando a menina está com nove ou dez anos, deve-se-lhe exigir que participe nos deveres da casa, na medida de sua capacidade, e que seja responsabilizada pelo modo como desempenha suas tarefas. Sábio era aquele pai que, ao ser-lhe perguntado que pensava fazer com suas filhas, respondeu: "Pretendo torná-las aprendizes de sua excelente mãe, que aprendam a arte de aproveitar o tempo, e que sejam capacitadas para se tornarem esposas e mães, donas-de-casa e membros úteis da sociedade."11 Maridos em perspectiva devem ser econômicos FC 34 3 Nos tempos primitivos, exigia o costume que o noivo, antes da confirmação do contrato de casamento, pagasse ao pai da noiva uma soma de dinheiro, ou seu equivalente em outras propriedades, conforme as suas circunstâncias. Isso era considerado um seguro para a relação matrimonial. Os pais não consideravam prudente confiar a felicidade de suas filhas a homens que não tinham condições de ganhar dinheiro para a manutenção de uma família. Se não possuíam tino econômico suficiente e energia para dirigir negócios e adquirir gado ou terras, isso podia indicar que eram incompetentes para gerir sua vida. Mas, havia também um jeito de provar aqueles que nada tinham para pagar por uma esposa. Permitia-se-lhes trabalhar para o pai, cuja filha amavam, sendo a duração do tempo determinada pelo valor do dote exigido. Quando o pretendente era fiel em seu trabalho, e provava ser digno em outros sentidos, obtinha a filha como esposa; e, geralmente, o dote que o pai recebera era dado a ela por ocasião do casamento. ... FC 35 1 O antigo costume, se bem que algumas vezes se abusava do mesmo, assim como o fizera Labão, era fator de bons resultados. Quando se exigia do pretendente prestar serviços, a fim de obter a sua noiva, evitava-se um casamento precipitado, e havia oportunidade de provar-se a profundidade de seu afeto, bem como sua habilidade para prover as necessidades de uma família. Em nossos tempos, muitos males resultam de seguir uma conduta oposta.12 FC 35 2 Homem algum é desculpado por não possuir habilidade financeira. De muitos homens pode-se dizer: É bondoso, afável, generoso, bom cristão, mas não sabe gerir seus próprios negócios. Quanto se trata de lidar com dinheiro, parece uma criança. Não foi ensinado pelos pais a compreender e praticar os princípios do sustento próprio.13 ------------------------Capítulo 7 -- Casamentos proibidos Casamentos de cristãos com descrentes FC 36 1 Há no mundo cristão uma assombrosa e alarmante indiferença para com os ensinos da Palavra de Deus acerca do casamento de cristãos com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus preferem seguir a inclinação de seu próprio espírito, em vez de tomarem conselho com a Sabedoria Infinita. Em uma questão de interesse vital para a felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o futuro, a razão, o juízo e o temor de Deus são postos de parte, permitindo-se que domine o cego impulso, a obstinada determinação. FC 36 2 Homens e mulheres de outro modo sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos aos conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes, e dos servos de Deus. A expressão de um aviso ou advertência é considerada impertinente intromissão, e o amigo que é fiel bastante para pronunciar uma admoestação, é tratado como inimigo. Tudo isso é como Satanás deseja. Ele tece seu encanto em volta da pessoa, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o colo da concupiscência, a paixão não santificada toma o domínio até que, demasiado tarde, a vítima desperta para uma vida de miséria e escravidão. Este não é um quadro traçado pela imaginação, mas a realidade dos fatos. Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente.1 São positivos os mandamentos de Deus FC 37 1 O Senhor ordenou ao Israel antigo que não deveria haver casamentos com pessoas das nações idólatras ao seu redor: "Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos." Deuteronômio 7:3. Foi dada a razão para isso. A Infinita Sabedoria, prevendo o resultado de semelhantes uniões, declarou: "Pois elas fariam desviar teus filhos de Mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria." Deuteronômio 7:4. "Porque povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há." Deuteronômio 7:6. ... FC 37 2 No Novo Testamento existem proibições semelhantes acerca do casamento de cristãos com não cristãos. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, declara: "A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor." 1 Coríntios 7:39. De novo, em sua segunda epístola, escreve: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18.2 FC 37 3 A maldição de Deus repousa sobre muitas das ligações inoportunas e impróprias que se formam na época atual. Se a Bíblia colocasse essas questões de maneira vaga e imprecisa, então seria mais desculpável o procedimento que muitos jovens de hoje estão seguindo em suas relações. Mas os reclamos bíblicos não são ordens incompletas; requerem perfeita pureza de pensamento, palavras e atos. Somos gratos a Deus porque Sua Palavra é uma luz para os nossos pés, e porque ninguém precisa errar o caminho do dever. Os jovens devem entender que constitui seu dever consultar as páginas da Palavra de Deus e atender a seus conselhos; pois lamentáveis erros são sempre cometidos ao desviarem-se de seus preceitos.3 Casamentos que Deus proíbe FC 38 1 Nunca se deve o povo de Deus aventurar em terrenos proibidos. O casamento entre crentes e descrentes é proibido por Deus. Mas, demasiadas vezes, o coração não convertido segue seus próprios desejos, e formam-se uniões matrimoniais não aprovadas por Deus. Por isso, muitos homens e mulheres se acham sem esperança e sem Deus no mundo. Suas nobres aspirações foram mortas; por uma cadeia de circunstâncias, estão detidos na rede de Satanás. Os que são dominados pela paixão e os impulsos terão amarga colheita a ceifar nesta vida, e sua insistência pode resultar na perda da vida eterna.4 FC 38 2 Os que professam a verdade desprezam a vontade de Deus desposando incrédulos; perdem-Lhe o favor, e fazem difícil a obra do arrependimento. O incrédulo poderá ser dotado de excelente caráter moral; o fato, de que ele ou ela não atende às reivindicações de Deus, e negligencia tão grande salvação, é razão suficiente para que se não consume tal união. O caráter do incrédulo talvez seja semelhante ao do jovem a quem Jesus dirigiu as palavras: "Ainda te falta uma coisa" (Lucas 18:22); essa era a coisa necessária.5 O exemplo de Salomão FC 38 3 Há homens pobres e obscuros cuja vida Deus aceitaria e tornaria cheia de utilidade na Terra e de glórias no Céu, mas Satanás está atuando persistentemente para derrotar Seus desígnios e arrastá-los à perdição mediante o casamento com pessoas cujo caráter é de tal natureza que os faz ficar como que atravessados na estrada da vida. Bem poucos saem vitoriosos desse emaranhado.6 FC 39 1 Satanás bem sabia os resultados que se seguiriam à obediência; e durante os primeiros anos do reinado de Salomão -- anos gloriosos por causa da sabedoria, beneficência e retidão do rei -- ele procurou introduzir influências que haviam de desarraigar traiçoeiramente a lealdade de Salomão aos princípios e fazê-lo separar-se de Deus. E que o inimigo foi bem-sucedido nesse esforço, sabemos pelo relato: "E Salomão se aparentou com Faraó, rei do Egito, e tomou a filha de Faraó, e a trouxe à Cidade de Davi." 1 Reis 3:1. FC 39 2 Celebrando aliança com uma nação pagã, e selando o pacto pelo casamento com uma princesa idólatra, rejeitou Salomão temerariamente as sábias providências que Deus fizera para manter a pureza de Seu povo. A esperança de que essa esposa egípcia se convertesse não foi senão uma fraca desculpa ao pecado. Em violação de um positivo mandamento de permanecer separado de outras nações, o rei uniu sua força com o braço da carne. FC 39 3 Por algum tempo, em Sua compassiva misericórdia, Deus relevou esse terrível erro. A mulher de Salomão se converteu; e o rei, por uma sábia liderança, poderia ter feito muito para combater as forças do mal que sua imprudência pusera em operação. Salomão começou, porém, a perder de vista a Fonte de seu poder e glória. A inclinação passou a dominar a razão. À medida que crescia a confiança em si mesmo, ele procurava cumprir os propósitos do Senhor ao seu modo. ... FC 39 4 Muitos professos cristãos pensam, como Salomão, que podem se unir com os descrentes porque sua influência sobre os que se acham no erro será benéfica; mas muitas vezes eles próprios, enredados e vencidos, perdem sua fé sagrada, sacrificam os princípios e separam-se de Deus. Um passo em falso induz a outro, até que afinal eles se colocam onde não podem esperar romper as cadeias que os prendem.7 A desculpa: "é favorável à religião" FC 39 5 Alega-se, por vezes, que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos em cada dez, triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido, e vão sendo derrubadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. Mesmo nos festejos dos casamentos, o espírito mundano triunfa sobre a consciência, a fé e a verdade. No novo lar, não é respeitada a hora da oração. A noiva e o noivo preferiram-se um ao outro e despediram a Jesus.8 A mudança no crente FC 40 1 A princípio, talvez, o incrédulo não manifeste oposição; quando, porém, é apresentado à sua atenção o assunto da verdade bíblica, para que o considere, ergue-se imediatamente o sentimento: "Você casou comigo sabendo que eu era o que sou; não quero ser incomodado. Daqui em diante fique entendido que são proibidas as conversas sobre seus peculiares pontos de vista." Caso o crente manifeste qualquer zelo especial com relação a sua fé, pareceria descortês para com aquele que não manifesta o menor interesse pela vida cristã. FC 40 2 O crente raciocina que, em seu novo relacionamento, tem de conceder alguma coisa ao companheiro de sua escolha. São patrocinados entretenimentos sociais, mundanos. A princípio com grande relutância de sentimentos por parte do crente ao fazer isso, mas, depois, o interesse na verdade vai-se tornando cada vez menor, e a fé se transforma em dúvida e incredulidade. Ninguém haveria suspeitado que aquele outrora firme e consciencioso crente, e consagrado seguidor de Cristo, pudesse se tornar um dia duvidoso e vacilante. Que tremenda mudança por causa de um casamento imprudente! 9 FC 40 3 Coisa perigosa é formar uma aliança mundana. Bem sabe Satanás que o momento que testemunha o casamento de muitos rapazes e moças põe um ponto final em sua experiência religiosa e em sua utilidade. Acham-se perdidos para Cristo. Podem, por algum tempo, fazer um esforço para viver a vida cristã; todos esses esforços, no entanto, são feitos contra decidida corrente em sentido contrário. Antes, era para eles um privilégio e prazer falar acerca de sua fé e esperança; chegam, porém, depois, a relutar em mencionar tal assunto, sabendo que aquele com quem uniram o destino não tem o menor interesse no mesmo. Em conseqüência, perece no coração a fé na preciosa verdade, e Satanás tece traiçoeiramente em torno deles uma rede de ceticismo.10 Arriscar o céu FC 41 1 "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 18:19. Quão estranho, porém, é o que se nos depara! Enquanto um daqueles que se acham tão estreitamente unidos está empenhado em devoção, o outro vive indiferente e descuidoso; ao passo que um busca o caminho da vida eterna, o outro segue a estrada larga que conduz à morte. FC 41 2 Centenas de pessoas têm sacrificado a Cristo e ao Céu em conseqüência de haverem desposado um não-convertido. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo sejam de tão pouco valor para eles, que preferiram a companhia de pobres mortais? É o Céu tão pouco estimado que estejam dispostos a arriscar sua vida por alguém que não sente amor algum para com o precioso Salvador? 11 FC 41 3 Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Assim, você ofende o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Será possível suportar tão terríveis desvantagens ao travar a luta pela vida eterna? 12 FC 41 4 Pergunte a si mesma: "Não desviará um marido descrente os meus pensamentos de Jesus? Ele ama aos prazeres mais do que ama a Deus; não me levará a apreciar as coisas de que gosta?" O caminho para a vida eterna é íngreme e difícil. Não tome sobre si fardos além dos necessários, que retardem seu progresso.13 Um lar sem sombras FC 41 5 O coração anela o amor humano, mas esse amor não é bastante forte, ou bastante puro, ou precioso bastante para suprir o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador pode a esposa encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Deve fazer de Cristo sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a qualquer amigo terreno, e não assuma qualquer relação que entre em atrito com isso. Os que encontram a verdadeira felicidade, precisam da bênção dos Céus sobre tudo que possuem e fazem. E a desobediência a Deus que enche de miséria tantos corações e lares. Minha irmã, a menos que você deseje ter um lar de onde nunca se levantem as sombras, não se una com um homem que é inimigo de Deus.14 O raciocínio do cristão FC 42 1 Que deve fazer todo cristão quando levado à difícil situação que prova a solidez dos princípios religiosos? Com firmeza digna de imitação, deve ele dizer francamente: "Sou um cristão consciencioso. Creio que o sétimo dia da semana é o sábado bíblico. Nossa fé e princípios são tais que levam a direções opostas. Não nos é possível ser felizes juntos, pois se prossigo em adquirir mais perfeito conhecimento da vontade de Deus, me tornarei mais e mais diferente do mundo, e mais me assemelharei a Cristo. Se você continua a não ver beleza em Jesus, nenhuma atração na verdade, amará o mundo, que eu não posso amar, ao passo que eu me deleitarei nas coisas de Deus, que você não pode apreciar. As coisas espirituais 'se discernem espiritualmente'. 1 Coríntios 2:14. Sem discernimento espiritual, você será incapaz de ver os direitos que Deus tem sobre mim, ou de avaliar minhas obrigações para com o Mestre a quem sirvo; então, você achará que o negligencio por causa de meus deveres religiosos. Você não se sentirá feliz; terá ciúmes da afeição que consagro a Deus; e me sentirei só em minha crença religiosa. Quando se mudarem seus pontos de vista, quando seu coração atender aos reclamos de Deus, e aprender a amar a meu Salvador, então, poderemos reatar nosso relacionamento." FC 42 2 O crente faz, então, por Cristo, um sacrifício que sua consciência aprovará, e que mostra que ele estima a vida eterna demasiado alto para correr o risco de perdê-la. Sente que melhor lhe é permanecer solteiro do que ligar seus interesses por toda a vida com uma pessoa que prefere o mundo a Jesus, e que o levaria para longe da cruz de Cristo.15 Um casamento bem fundamentado FC 43 1 Só em Cristo é que se pode, com segurança, entrar para o casamento. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta.16 Quando um dos cônjuges se converte depois de casado FC 43 2 A pessoa que entrou para a relação matrimonial quando ainda não era convertida, coloca-se pela sua conversão sob uma obrigação maior de ser fiel à pessoa com quem está casada, por mais que difiram com respeito à fé religiosa; entretanto, as exigências de Deus devem ser postas acima de toda a relação terrena, mesmo que venham provas e perseguições. Com espírito de amor e mansidão, essa fidelidade pode ter influência no sentido de ganhar o descrente.17 ------------------------Capítulo 8 -- Casamentos apressados, prematuros O perigo das afeições imaturas FC 44 1 Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como a do casamento, e tão vasta no alcance de seus resultados, não deve ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas.1 FC 44 2 Rapazes e moças se casam sem ter desenvolvido o amor ponderado, o amadurecimento necessário, os sentimentos nobres e elevados, e assumem os compromissos de um casamento completamente guiados por suas paixões juvenis. ... FC 44 3 Compromissos assumidos por pessoas muito novas freqüentemente têm resultado em uniões infelizes ou em vergonhosas separações. As uniões precoces, formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. As afeições juvenis devem ser refreadas até chegar o período em que tenham idade e experiência suficientes para tornar sua manifestação correta e segura. Os que não se controlarem estarão em perigo de passar uma existência infeliz. FC 44 4 Um jovem, na adolescência, é incapaz de julgar se uma pessoa tão jovem quanto ele é adequada para ser sua companheira por toda a vida. Depois que se tornam mais maduros, vêem-se presos um ao outro por toda a vida, e talvez absolutamente despreparados para fazer feliz um ao outro. Então, em vez de tornar sua situação a melhor possível, surgem críticas, a brecha que os separa se alarga, até que se estabeleçam a indiferença e a negligência de um para com o outro. Para eles, nada existe de sagrado na palavra "lar". A própria atmosfera é envenenada por palavras rudes e amargas censuras.2 FC 45 1 Os casamentos precoces produzem grande parte dos males que predominam hoje. O casamento que ocorre demasiado cedo não promove nem a saúde física nem o vigor mental. A razão é bem pouco exercida nesse assunto. Muitos jovens agem segundo o impulso. Esse passo que os afeta seriamente para o bem ou para o mal, e que será uma bênção ou maldição por toda a vida, é muitas vezes dado precipitadamente, movido pelo impulso do sentimento. Muitos não darão ouvidos à razão ou orientação de um ponto de vista cristão.3 FC 45 2 Satanás está constantemente ocupado em levar jovens inexperientes à união matrimonial. Mas quanto menos nos orgulharmos dos casamentos que se estão realizando, tanto melhor.4 FC 45 3 Em conseqüência de casamentos apressados, mesmo entre o professo povo de Deus, há separações, divórcios e grande confusão na igreja.5 FC 45 4 Que contraste entre o procedimento de Isaque e o que é praticado pelos jovens de nossos tempos, inclusive muitos cristãos! Os jovens freqüentemente acham que a entrega de suas afeições é uma questão na qual o eu apenas deve ser consultado. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres adultos, julgam-se competentes para fazer sua escolha, sem o auxílio dos pais. Uns poucos anos de vida conjugal são, em geral, suficientes para evidenciar seu erro, mas muitas vezes demasiado tarde para impedir os resultados indesejados. A mesma falta de prudência e domínio que determinaram a escolha precipitada faz o mal se agravar, até que a relação matrimonial se torna um jugo mortal. Muitos assim fizeram naufragar sua felicidade nesta vida e sua esperança da salvação.6 Obreiros em potencial são enredados FC 45 5 Jovens há que receberam a verdade e correram bem por algum tempo, mas Satanás os têm enredado em suas malhas mediante uniões insensatas e casamentos desaconselháveis. Essa, viu ele, seria a melhor maneira de desviá-los dos caminhos da santidade.7 FC 46 1 Foi-me mostrado que a juventude de hoje não tem verdadeira noção de seu grande perigo. Há entre os jovens muitos que Deus aceitaria como obreiros nos vários ramos de Sua obra, mas aos quais Satanás barra os seus passos e assim os apanha em suas teias, de maneira que se tornam arredios em relação a Deus e incapazes para Sua obra. Satanás é um trabalhador perspicaz e perseverante. Ele sabe precisamente como enlaçar o incauto, e é alarmante que poucos consigam escapar de suas armadilhas. Eles não vêem o perigo e não se protegem contra seus enganos. Satanás os anima a se afeiçoarem depressa um ao outro sem buscar a sabedoria de Deus ou daqueles a quem Ele enviou para os advertir, reprovar e aconselhar. Consideram-se auto-suficientes e não desejam ser contidos.8 Conselho a um adolescente FC 46 2 Suas idéias imaturas a respeito do amor em relação às meninas não passam uma boa imagem de você. Se continuar nessa direção, seus estudos certamente serão prejudicados. Você será levado a formar associações impuras; corrompidos serão os seus caminhos e os de outros. É assim que o seu caso me foi apresentado, e enquanto persistir em seguir seu próprio caminho, qualquer pessoa que desejar ajudá-lo, influenciar ou conter, encontrará a mais determinada resistência, porque seu coração não está em harmonia com a verdade e a justiça.9 Diferenças de idade FC 46 3 Quem pretende se casar pode não possuir riquezas, mas deve ter a bênção maior da saúde. E na maioria dos casos não deve haver diferença muito grande de idade. A negligência desta regra pode resultar em sério dano para a saúde do mais jovem. E não raro sucede serem os filhos lesados em força física e mental. Não podem receber de um pai idoso o cuidado e companheirismo que os mais jovens exigem, e estão sujeitos a ficar privados do pai ou da mãe, pela morte destes, justamente quando o amor e a orientação seriam mais necessários.10 ------------------------Capítulo 9 -- Divórcio O casamento é um contrato por toda a vida FC 48 1 Na mente juvenil, o casamento se acha revestido de romance, e difícil é despojá-lo desse aspecto com que a imaginação o envolve, e impressionar a mente com o senso das pesadas responsabilidades compreendidas nos votos matrimoniais. Esses votos ligam os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar.1 FC 48 2 Qualquer compromisso matrimonial deve ser cuidadosamente considerado, pois o casamento é um passo que se dá por toda a vida. Tanto o homem como a mulher devem considerar cuidadosamente se podem viver um ao lado do outro através de todas as dificuldades da vida, enquanto ambos viverem.2 Conceitos errôneos sobre o casamento FC 48 3 Entre os judeus, era permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher se achava, então, em liberdade de casar outra vez. Esse costume causava grande infelicidade e pecado. No Sermão do Monte, Jesus declarou claramente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mateus 5:32. FC 49 1 Quando, posteriormente, os fariseus O interrogaram acerca da legalidade do divórcio, Jesus apontou a Seus ouvintes a antiga instituição do casamento, segundo foi ordenada na criação. "Moisés", disse Ele, "por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, no princípio, não foi assim." Mateus 19:8. Ele lhes chamou a atenção para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo "muito bom". Gênesis 1:31. Nessa ocasião, tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus em benefício da humanidade. Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará... o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gênesis 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem.3 FC 49 2 Jesus veio ao nosso mundo para retificar erros e restaurar a imagem moral de Deus no homem. Sentimentos errôneos a respeito do casamento haviam-se estabelecido na mente dos mestres de Israel. Eles estavam tornando de nenhum efeito a sagrada instituição do casamento. O homem estava-se tornando tão endurecido que pela mais trivial desculpa podia separar-se de sua esposa, ou, se preferisse, podia separá-la dos filhos e mandá-la embora. Isso foi considerado grande mal e não raro era acompanhado de mais terrível sofrimento para a pessoa repudiada. FC 49 3 Cristo veio para corrigir esses males, e Seu primeiro milagre foi realizado por ocasião de um casamento. Assim anunciou Ele ao mundo que o casamento, quando puro e enobrecido, é uma sagrada instituição.4 Conselho a alguém que pretendia divorciar-se FC 49 4 Suas idéias com respeito à relação matrimonial têm sido errôneas. Nada senão a violação do leito conjugal pode quebrar ou anular o voto matrimonial. Estamos vivendo em tempos perigosos, quando não há segurança em coisa alguma, salvo na firme e inamovível fé em Jesus Cristo. Não há coração que não se possa extraviar de Deus pelos enganos de Satanás, se não vigiar em oração. FC 50 1 Sua saúde estaria em muito melhor condição se sua mente tivesse paz e tranqüilidade; mas ela tem-se mostrado confusa e desequilibrada, e você está raciocinando incorretamente com relação ao divórcio. Seus pontos de vista não podem ser sustentados. Nenhuma pessoa tem liberdade para criar uma lei para si mesma, a fim de abandonar a lei de Deus e satisfazer a suas próprias inclinações. É necessário consultar a elevada norma moral de justiça divina. ... FC 50 2 Deus reconhece apenas um motivo pelo qual a esposa pode deixar seu marido ou o marido a sua esposa: esse motivo é o adultério. Seja esta questão cuidadosamente considerada.5 Conselho a um casal separado FC 50 3 Meu irmão, minha irmã, faz algum tempo que vocês não estão vivendo juntos. Vocês não deviam ter seguido nessa direção, e isso não teria acontecido se ambos tivessem cultivado a paciência, a bondade, a tolerância que devem existir entre marido e mulher. Nenhum de vocês tinha o direito de impor sua vontade e procurar executar as próprias idéias e planos, sem cuidar das conseqüências. Nenhum dos dois devia estar determinado a fazer o que melhor lhe parece. Deixem que a suave e subjugante influência do Espírito de Deus opere no coração e os capacite para a obra de educar os filhos. ... Apelem ao Pai celestial para que os livre de cair na tentação de falar de maneira dura, voluntariosa, impaciente, um ao outro. Vocês dois, como todos os demais, têm caráter imperfeito. Como não se colocaram sob o controle de Deus, a conduta de um para com o outro não tem sido sábia. FC 50 4 Suplico-lhes que se coloquem sob o controle de Deus. Quando tentados a falar de maneira provocante, procurem nada dizer. Serão tentados nesse ponto, porque jamais venceram esse péssimo traço de caráter. Mas todo mau hábito deve ser vencido. Façam uma completa entrega a Deus. Caiam sobre a Rocha, Cristo Jesus, e se deixem ser quebrantados. Como marido e mulher, devem se disciplinar. Necessitam ir a Cristo em busca de auxílio. Ele, de boa vontade, os ajudará com Sua divina simpatia, Sua livre graça. ... FC 51 1 É preciso arrepender-se diante de Deus em relação a sua conduta passada. Entrem em acordo, e reconciliem-se como esposo e esposa. Lancem para longe a infeliz, desagradável experiência de sua vida passada. Tomem coragem no Senhor. Fechem as janelas do coração para as coisas mundanas, e abram-nas em direção ao Céu. Se elevarem a voz ao Céu em oração em busca de luz, o Senhor Jesus, que é luz, vida, paz e alegria, ouvirá seu clamor. Ele, o Sol da Justiça, resplandecerá e iluminará a mente de vocês, clareando o templo da alma. Se saudarem o calor de Sua presença no lar, não irão ficar proferindo palavras que geram sentimentos de infelicidade.6 Conselho a uma esposa maltratada FC 51 2 Recebi sua carta, e minha resposta é: Não aconselho seu retorno a D., a menos que veja nele decidida mudança. O Senhor não Se agrada das idéias que ele alimenta a respeito do que é uma esposa. ... Se ele ainda mantém suas opiniões anteriores, o futuro não será melhor para você do que foi o passado. Ele não sabe como tratar uma esposa. FC 51 3 Fico muito triste com isso. Tenho pena, naturalmente, por D., mas não posso aconselhar você a voltar para ele, indo contra aquilo que você já viu. Falo a você com a mesma sinceridade que falei a ele; seria perigoso colocar-se outra vez debaixo de sua ditadura. Eu esperava que ele mudasse. ... FC 51 4 Deus sabe tudo sobre sua experiência. ... Tenha ânimo no Senhor; Ele não a deixará nem a desamparará. Meu coração tem a mais terna simpatia por você.7 Conselho a um marido abandonado pela esposa FC 51 5 Não vejo que mais se pode interferir nesse caso, e penso que a única coisa que você pode fazer é desistir de sua esposa. Se ela está assim determinada a não viver em sua companhia, serão ambos muito infelizes se insistirem. Visto que ela clara e determinadamente escolheu seu caminho, a única coisa que você pode fazer é tomar a sua cruz e proceder como homem.8 Ainda casados à vista de Deus FC 52 1 Uma mulher pode estar legalmente divorciada do marido pelas leis do país, mas não divorciada à vista de Deus. Só há um pecado, o adultério, que pode pôr o esposo e a esposa em posição de se sentirem livres do voto matrimonial à vista de Deus. Embora as leis do país possam permitir o divórcio, à luz da Bíblia continuam como marido e esposa, segundo as leis de Deus. FC 52 2 Vi que a irmã _____, por enquanto, não tem direito de casar com outro homem; mas se ela, ou qualquer outra mulher, obtiver um divórcio legal por causa de adultério por parte do marido, então está livre para casar com quem quiser.9 Separação de um cônjuge incrédulo FC 52 3 Se a esposa é incrédula e opositora, o marido não pode, diante da lei de Deus, abandoná-la só por isso. Para estar em harmonia com a lei de Jeová, ele deve permanecer com ela, a menos que ela mesma escolha a separação. Ele pode sofrer a oposição e ser molestado de muitas maneiras; mas encontrará conforto, força e sustento da parte de Deus, que lhe pode dar graça para enfrentar toda dificuldade. Você deve ser um homem de mente pura, decididamente de princípios firmes, e Deus lhe dará sabedoria quanto ao caminho a seguir. O impulso não lhe controlará a razão, mas a razão manterá as rédeas do controle em sua mão firme, para que a tentação seja contida.10 Esposa aconselhada a mudar FC 52 4 Recebi uma carta de seu marido. Eu diria que só há uma razão pela qual o marido pode legitimamente separar-se de sua esposa ou a esposa do marido: o adultério. FC 52 5 Se ambos não têm temperamento compatível, pergunto: não seria uma glória para Deus mudarem essa disposição? FC 52 6 Marido e mulher devem cultivar respeito e afeição um pelo outro. Devem guardar o espírito, as palavras e as ações a fim de que nada seja dito ou feito que irrite ou moleste. Deve cada um ter cuidado do outro, fazendo tudo em seu poder para fortalecer a afeição mútua. FC 53 1 Digo a ambos que busquem ao Senhor. Em amor e bondade, cumpram o dever de um para com o outro. O marido deve cultivar hábitos produtivos, fazendo o melhor para sustentar a família. Isso levará sua esposa a ter respeito por ele. ... FC 53 2 Minha irmã, você não pode agradar a Deus mantendo a presente atitude. É preciso perdoar o esposo. Ele é o seu marido e você será abençoada procurando ser uma esposa fiel e carinhosa. Deixe que a lei da bondade esteja em seus lábios. Você pode e necessita mudar de atitude.11 FC 53 3 Você dois devem cultivar as semelhanças, não as diferenças. ... O uso de métodos brandos, delicados, fará surpreendente diferença na vida de vocês.12 Adultério, divórcio e os membros da igreja FC 53 4 Com respeito ao caso da ofendida irmã A. G., diríamos em resposta às perguntas de _____ que é uma característica comum nos casos da maioria dos que têm sido apanhados em pecado, como aconteceu com seu marido, não terem eles real senso de sua crueldade. Alguns, entretanto, o sentem, e têm sido restaurados à comunhão da igreja, mas não antes que tenham merecido a confiança do povo de Deus, em virtude de confissão incondicional e um período de sincero arrependimento. Esse caso apresenta dificuldades não encontradas em alguns outros, e poderíamos acrescentar apenas o seguinte: FC 53 5 1. Nos casos de violação do sétimo mandamento onde a parte culpada não manifesta verdadeiro arrependimento, se a parte ofendida puder obter o divórcio sem tornar pior a situação de ambos e dos filhos, se os tiverem, devem separar-se. FC 53 6 2. Se há possibilidade de ficarem eles próprios e os filhos em situação pior pelo divórcio, não conhecemos nenhum texto bíblico que declare culpada a parte inocente por não se separarem. FC 53 7 3. Tempo, trabalho, oração, paciência, fé e uma vida piedosa podem realizar uma reforma. Viver com alguém que tenha quebrado o voto matrimonial e envolveu-se em desgraça e vergonha, e ainda não sente por isso, pode ser como que um câncer devorador para a alma; mas, por outro lado, o divórcio é uma eterna e profunda mágoa. Que Deus tenha piedade da parte inocente! O casamento deve ser muito bem pensado, antes de contraído. FC 54 1 4. Por que será que homens e mulheres que podiam ser respeitáveis e bons, e alcançar o Céu, vendem-se ao diabo por um preço tão banal, ferindo o coração de seus amigos, desgraçando sua famílias, acarretando descrédito sobre a causa de Deus e selando, afinal, sua perdição eterna? Que Deus tenha misericórdia dessas pessoas! Por que os que são apanhados no crime não manifestam arrependimento proporcional à enormidade do seu mal e não correm para Cristo em busca de misericórdia, a fim de curar, tanto quanto possível, as feridas que causaram? 13 ------------------------Capítulo 10 -- Como conviver com o jugo desigual Deve a esposa abandonar o marido descrente? FC 55 1 Tenho recebido cartas de mães contando suas provações no lar e pedindo o meu conselho. Um desses casos serve para ilustrar muitos outros. O marido e pai não é crente, e faz de tudo para tornar mais difícil para a esposa a educação dos filhos. O marido é um homem profano, vulgar e abusivo em sua linguagem para com a esposa, e ensina os filhos a desacatar a autoridade da mãe. Quando ela está procurando orar com os filhos, ele entra e faz todo o barulho que pode, amaldiçoando a Deus e lançando injúrias sobre a Bíblia. Ela está tão desencorajada que a vida lhe é um fardo. Que pode ela fazer? Que benefícios podem advir a seus filhos permanecendo ela no lar? Ela tem sentido um enorme desejo de fazer alguma coisa na vinha do Senhor, e pensa que deve ser melhor abandonar a família do que permanecer no lar, pois o marido e pai está constantemente ensinando os filhos a desrespeitá-la e desobedecer-lhe. FC 55 2 Em tais casos, meu conselho é: Mães, sejam quais forem as provas a que vocês forem chamadas a enfrentar através de pobreza, de feridas de alma, de atitude dura e tirânica do marido e pai, não abandonem os filhos; não os deixem sob a influência de um pai ímpio. Sua obra é contrafazer a obra do pai, o qual está evidentemente sob o controle de Satanás.1 Exemplo de domínio próprio FC 56 1 Eu sei que você tem provações, mas alguma coisa existe revelando um espírito de impor em vez de atrair. Seu marido precisa ver diariamente um exemplo vivificante de paciência e domínio próprio. Faça todo o esforço para agradá-lo, sem sacrificar com isso um só princípio da verdade. ... FC 56 2 Cristo requer em Seu serviço a entrega do ser completo -- coração, espírito, mente e força. Dedicando a Deus o que Ele pede, estará você representando-O no caráter. Que o seu marido veja o Espírito Santo operando em você. Seja cuidadosa e atenta, paciente e tolerante. Não procure impor a verdade. Cumpra seu dever como esposa, e você vai ver que o coração do marido será impressionado. Suas afeições não necessitam ser negadas a seu esposo. Mostre-lhe todo agrado possível. Não permita que sua fé religiosa a afaste do marido. Conscienciosamente, obedeça a Deus, e agrade a seu marido em tudo que puder. ... FC 56 3 Deixe bem claro que você ama a Jesus e nEle confia. Dê a seu marido e aos amigos crentes e incrédulos uma prova de que você deseja que vejam a beleza da verdade. Mas não fique demonstrando essa penosa e aflitiva ansiedade que muitas vezes arruína uma boa obra. ... FC 56 4 Não permita jamais que uma só palavra de reprovação ou censura caia nos ouvidos de seu marido. Ainda que você passe muitas vezes por dificuldades, não mencione essas provas. O silêncio é eloqüência. Palavras precipitadas apenas farão aumentar sua infelicidade. Mostre-se contente e feliz. Leve para dentro de seu lar toda alegria possível, e expulse as sombras. Permita que os brilhantes raios do Sol da Justiça iluminem sua vida. Então, a fragrância do cristianismo autêntico atingirá toda a família. E não será necessário demorar-se em coisas desagradáveis, que muitas vezes não têm verdade em si.2 Esposa aconselhada a conservar a alegria FC 56 5 Você tem, agora, uma dupla responsabilidade, visto que seu marido afastou-se de Jesus. ... FC 56 6 Sei que deve ser demasiado penoso permanecer só, no que respeita a cumprir a Palavra. Mas, quem sabe, esposa, se sua coerente vida de fé e obediência não irá trazer de volta à verdade seu marido? Sejam as queridas criancinhas levadas a Jesus. Em linguagem simples transmita a elas as palavras da verdade. Cante para elas cânticos atrativos, alegres, que revelem o amor de Cristo. Leve seus filhos a Jesus, pois Ele ama as criancinhas. FC 57 1 Conserve a alegria. Não se esqueça de que você tem um Consolador, o Espírito Santo, que Cristo indicou. Nunca estará só. Se ouvir a voz que agora lhe fala, se responder sem demora às batidas à porta de seu coração, dizendo: "Entra, Senhor Jesus, para que eu ceie contigo, e Tu comigo", o Hóspede celestial entrará. Quando esse Elemento, que é completamente divino, habitar em você, haverá paz e descanso.3 Manter princípios cristãos FC 57 2 O lar onde Deus não é adorado é como um navio no meio do mar sem um piloto ou sem leme. A tempestade o aflige e sacode, e há o perigo de que todos a bordo venham a perecer. Considere a sua vida e a vida de seus filhos como preciosas por amor de Cristo, pois terá de encontrar-se com eles e com seu esposo ante o trono de Deus. Seus firmes princípios cristãos não devem ser enfraquecidos, porém fortalecidos mais e mais. Quanto mais seu marido se mostrar perverso, quanto mais fortemente ele se lhe opuser, mais fiel e coerente firmeza cristã você deve revelar. E então, seja o que for que ele possa dizer, no coração e na razão não lhe pode senão respeitar, se tiver um coração de carne.4 As reivindicações de Deus devem vir primeiro FC 57 3 Foi-me, então, mostrada sua nora. Ela é amada de Deus, mas mantém-se em servil cativeiro, tremendo, temendo, desalentada, duvidando e muito nervosa. Essa irmã não deve sentir que precisa render sua vontade a um jovem sem Deus, com menos idade do que ela. Ela deve lembrar que o casamento não destrói sua individualidade. Deus tem sobre ela direitos mais altos que quaisquer direitos terrenos. Cristo comprou-a com o Seu sangue. Ela não pertence a si mesma. Ela deixa de pôr sua inteira confiança em Deus e aceita render suas convicções, sua consciência, a um homem opressor, tirânico, animado por Satanás sempre que sua satânica majestade possa atuar com eficácia por seu intermédio para intimidar esse coração esquivo e tremente. Tantas vezes tem ela sido posta em agitação que seu sistema nervoso está destroçado e ela não é mais que uma ruína. Seria a vontade do Senhor que essa irmã esteja nesse estado e Deus fique sem seu serviço? Não. Seu casamento foi uma armadilha do diabo. Contudo, ela deve, agora, fazer o melhor possível, deve tratar o marido com ternura, e fazê-lo tão feliz quanto puder, sem violar sua consciência; pois se ele persistir em sua rebelião, este mundo é o único céu que terá. Mas ficar sem o privilégio de freqüentar as reuniões, para satisfazer a um marido opressor possuído do espírito do dragão, não está de acordo com a vontade de Deus.5 FC 58 1 "E outro disse: Casei e, portanto, não posso ir." Lucas 14:20. O pecado desse homem não era ter-se casado, mas ter ligado a vida a alguém que desviou sua mente dos mais altos e mais importantes interesses da vida. Jamais devia um homem permitir que a esposa ou o lar lhe afastassem os pensamentos de Cristo ou levassem-no a recusar aceitar o gracioso convite do evangelho.6 Melhor salvar parte que perder toda a família FC 58 2 Irmão K, você está muito desanimado; mas necessita ser fervoroso, firme e decidido em cumprir seu dever em família, levando-a consigo, se possível. Você não deve poupar esforços para convencê-la a acompanhá-lo na jornada para o Céu. Mas, se a mãe e os filhos não escolherem acompanhá-lo, e procurarem desviá-lo de seus deveres e privilégios religiosos, você deve prosseguir, ainda que tenha de ir só. Precisa viver no temor de Deus. Você precisa aproveitar suas oportunidades de assistir às reuniões e adquirir toda força espiritual que puder, pois dela necessitará nos dias futuros. A propriedade de Ló foi toda ela consumida. Se você tiver de suportar a perda, não deve desanimar; e se puder salvar unicamente uma parte de sua família, será muito melhor que perdê-la toda.7 ------------------------Capítulo 11 -- Princípios de finanças domésticas Dinheiro: bênção ou maldição FC 59 1 O dinheiro não é necessariamente uma maldição; ele é de grande valor, se for corretamente usado pode fazer bem na salvação de pessoas, em bênçãos a outros que são mais pobres do que nós. Pelo uso inadequado ou desavisado, ... o dinheiro se tornará um laço para o seu possuidor. Aquele que emprega o dinheiro na satisfação do orgulho e da ambição o torna maldição em vez de bênção. O dinheiro é uma prova constante das afeições. Quem quer que adquira mais do que o suficiente para suas necessidades reais deve buscar sabedoria e graça para conhecer o próprio coração e guardá-lo diligentemente, para que não tenha necessidades imaginárias e se torne mordomo infiel, usando com prodigalidade o capital que o Senhor lhe confiou. FC 59 2 Quando amamos a Deus acima de tudo, as coisas temporais ocupam seu lugar apropriado em nossas afeições. Se humilde e ferventemente buscarmos conhecimento e habilidade para fazer uso adequado dos bens do Senhor, receberemos sabedoria do alto. Quando o coração se inclina para suas próprias tendências e preferências, quando é acariciado o pensamento de que o dinheiro pode conferir felicidade sem o favor de Deus, então o dinheiro torna-se um tirano, governando o homem; recebe sua confiança e estima e é adorado como um deus. Honra, verdade, retidão e justiça são sacrificados sobre seu altar. Os mandamentos da Palavra de Deus são postos de lado e os costumes e usos do mundo, ordenados pelo rei Mamom, tornam-se um poder controlador.1 A segurança da casa própria FC 60 1 Se as leis dadas por Deus tivessem continuado a ser praticadas, quão diferente seria a presente condição do mundo, tanto moral, como material e espiritualmente. Egoísmo e exaltação não seriam manifestados como agora, mas cada um manifestaria bondosa consideração pela felicidade e bem-estar de outros. ... Em vez das classes mais pobres serem postas sob o domínio dos ricos, em vez de terem o cérebro de outro para pensar e planejar por eles em coisas materiais e espirituais, teriam alguma oportunidade para independência de pensamento e ação. FC 60 2 A possibilidade de ter uma casa para morar haveria de inspirá-los com um forte desejo de progresso. Adquiririam logo habilidade de planejar e idear por si mesmos. Os filhos seriam educados em hábitos de diligência e economia, e o intelecto seria grandemente fortalecido. Haveriam de sentir que são homens, não escravos, e seriam capazes de reconquistar em grande medida o respeito pessoal e independência moral perdidos.2 FC 60 3 Eduquemos nosso povo para que saia das cidades para o campo, onde podem obter um pedaço de terra e estabelecer um lar para si e para os filhos.3 Cuidado quanto a vender a propriedade FC 60 4 Homens e mulheres pobres me escrevem pedindo conselho quanto a deverem vender sua casa e dar o dinheiro para a causa. Dizem que os apelos no sentido de meios lhes tocam o coração, e querem fazer alguma coisa pelo Mestre que tudo tem feito por eles. A esses, eu diria: "Talvez não seja seu dever vender sua casinha agora; busquem, porém, a Deus por si mesmos; certamente o Senhor lhes ouvirá as sinceras orações pedindo sabedoria para compreender seu dever." 4 FC 61 1 Deus não requer, agora, as casas nas quais Seu povo necessita morar; mas se os que as têm em abundância não ouvirem Sua voz, desprendendo-se do mundo e sacrificando-se por Deus, Ele os passará por alto e convidará os que estão desejosos de fazer alguma coisa por Jesus, mesmo que seja vender sua casa de moradia para ajudar nas necessidades da causa.5 Independência digna de louvor FC 61 2 Há um tipo de independência digno de louvor. Desejar levar a própria carga e não comer o pão da dependência é correto. É uma ambição nobre e generosa que dita o desejo de manutenção própria. São necessários hábitos de diligência e modéstia.6 Equilibrar o orçamento FC 61 3 Muitos, muitíssimos, não se têm educado o bastante para manter suas despesas nos limites de seus rendimentos. Não aprenderam a ajustar-se às circunstâncias, e tomam e tornam a tomar empréstimos, sobrecarregando-se de débitos, e conseqüentemente ficam desencorajados.7 Manter um registro das despesas FC 61 4 Hábitos de condescendência egoísta, ou falta de tino e habilidade da parte da esposa e mãe, podem ser uma causa constante de escassez de fundos; apesar de essa mãe talvez julgar estar fazendo o melhor que pode, pois nunca foi ensinada a restringir suas necessidades e as de seus filhos, e nunca adquiriu habilidade e preparo nos negócios domésticos. Daí, uma família pode requerer para sua manutenção duas vezes tanto quanto bastaria para outra do mesmo tamanho. FC 61 5 Todos devem aprender a tomar nota de suas despesas. Alguns negligenciam isso como não sendo coisa essencial; é um erro, porém. Todas as despesas devem ser anotadas com exatidão.8 Males do desperdício FC 61 6 O Senhor me apresentou os males que resultam dos hábitos de desperdício, a fim de que eu pudesse admoestar os pais a que ensinem a seus filhos a estrita economia. Ensinemos-lhes que o dinheiro gasto naquilo de que não necessitam é desviado de seu uso legítimo.9 FC 62 1 Se temos hábitos extravagantes, devemos cortá-los de vez de nossa vida. A menos que façamos isso, estaremos despreparados para a eternidade. Hábitos de economia, diligência e sobriedade são o melhor presente para nossos filhos do que um rico dote. FC 62 2 Somos peregrinos e estrangeiros na Terra. Não gastemos nossos recursos na satisfação de desejos que Deus teria de reprimir. Representemos convenientemente nossa fé pela restrição de nossas necessidades.10 Um pai reprovado por extravagância FC 62 3 Você não sabe como usar com economia o dinheiro e não aprendeu a limitar suas necessidades às suas rendas. ... Você tem um desejo enorme de ganhar dinheiro, a fim de poder usá-lo livremente segundo sua inclinação, e seu ensino e exemplo têm-se provado uma maldição para seus filhos. Quão pouco organizados são! Esquecem-se cada vez mais de Deus, cada vez temem menos Seu desprazer, e manifestam menos paciência para se restringirem. Quanto mais facilmente é o dinheiro ganho, menos gratidão se manifesta.11 Uma família que gastava mais do que ganhava FC 62 4 Você precisa cuidar para que suas despesas não sejam maiores do que seus rendimentos. Restrinja seus desejos. FC 62 5 É uma grande pena que sua esposa seja tão semelhante a você em matéria de gastos, de maneira que não lhe possa ser um auxílio nesse sentido, vigiando os pequenos gastos a fim de evitar um rombo maior. Gastos desnecessários são uma constante na sua família. Sua esposa gosta de ver os filhos vestidos de maneira além dos seus meios e, em virtude disso, são cultivados nos filhos gostos e hábitos que os farão fúteis e orgulhosos. Se você pudesse aprender a lição da economia e ver o perigo que representa para vocês, para seus filhos e para a causa de Deus o livre uso desses meios, obteria uma experiência essencial à perfeição de seu caráter cristão. A não ser que obtenha tal experiência, seus filhos levarão o modelo de uma educação defeituosa pelo resto da vida. ... FC 63 1 Eu não o aconselharia a juntar dinheiro, pois isso te seria muito difícil, mas quero aconselhá-lo a gastar seu dinheiro com cuidado e que seu exemplo diário ensine lições de simplicidade, abnegação e economia a seus filhos. Eles precisam ser educados pelo ensino e pelo exemplo.12 Um apelo à abnegação FC 63 2 Foi-me mostrado que vocês, meu irmão e irmã, têm muito que aprender. Não estão vivendo dentro dos recursos disponíveis. Não aprenderam a economizar. Se ganham elevado salário, não sabem como fazê-lo render o máximo possível. Consultam o gosto e o apetite, em vez da prudência. Às vezes, gastam dinheiro em certa qualidade de alimento que seus irmãos não podem pensar em saborear. O dinheiro sai de seu bolso com muita facilidade. ... A abnegação é uma lição que ambos ainda necessitam aprender.13 FC 63 3 Os pais devem aprender a viver dentro de seus recursos. Devem cultivar nos filhos a abnegação, ensinando-os por preceito e exemplo. Devem tornar suas necessidades poucas e simples, a fim de que haja tempo para progresso mental e cultura espiritual.14 Prodigalidade não é expressão de amor FC 63 4 Não ensinem seus filhos a pensar que seu amor a eles deve manifestar-se pela satisfação do seu orgulho, prodigalidade e amor à ostentação. Agora não é o tempo de inventar novas formas de gastar o dinheiro. Empreguem suas faculdades inventivas para tratar de economizá-lo.15 Economia e generosidade FC 63 5 A tendência natural da juventude neste século é negligenciar e desprezar a economia e confundi-la com mesquinhez e avareza. Mas a economia é coerente com os mais amplos e liberais pontos de vista e sentimentos. Não pode haver verdadeira generosidade onde a economia não é praticada. Ninguém deve pensar que é humilhante estudar economia e descobrir os melhores meios de tomar cuidado com as migalhas.16 Economia exagerada FC 64 1 Deus não é honrado quando o corpo é negligenciado ou maltratado, ficando assim incapacitado para Seu serviço. Cuidar do corpo proporcionando-lhe comida saborosa e revigorante, é um dos principais deveres dos pais de família. É muito melhor usar roupas e mobília menos caras do que restringir a provisão de alimento. FC 64 2 Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isso não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família. FC 64 3 Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras.17 FC 64 4 Nossa economia nunca deveria ser daquela espécie que leve a alimentar os alunos de modo deficiente. Eles devem ter abundância de alimento saudável. Ajuntem, porém, os encarregados da cozinha as sobras, para que nada se perca.18 FC 64 5 Economia não significa mesquinhez, mas prudente utilização de recursos, porque há grande obra a ser feita.19 Prover conforto que alivie a carga da esposa FC 64 6 A família do irmão E vive de acordo com os princípios da mais estrita economia. ... O irmão E decidiu, por questão de consciência, não construir um novo depósito de lenha e outra cozinha para sua grande família, porque não se sentia livre para investir meios em conveniências pessoais quando a causa de Deus necessitava de dinheiro para ir avante. Procurei mostrar-lhe que era necessário tanto para a saúde como para o bem-estar dos filhos que ele tornasse o lar agradável e melhorasse o conforto para aliviar o trabalho de sua esposa.20 Dinheiro para uso pessoal da esposa FC 64 7 Um precisa ajudar o outro. Não considere uma virtude amarrar bem amarrado o cordão da bolsa, recusando dar dinheiro a sua esposa.21 FC 65 1 É necessário conceder a sua esposa certa soma semanalmente e deixá-la empregar esse dinheiro como bem entender. Você não lhe tem dado oportunidade de exercer o seu tato ou gosto, porque não tem uma idéia exata da posição que uma esposa deve ocupar. Sua esposa tem um espírito excelente e bem equilibrado.22 FC 65 2 Dê a sua esposa uma parte do dinheiro que você recebe. Permita que ela tenha essa parte como sua, e deixe-a usá-la como desejar. Ela deve ter permissão para usar os recursos que recebe como melhor parecer ao seu juízo. Se ela tivesse recebido certa soma para usar como desejasse, sem ser criticada, grande peso teria sido tirado de sua mente.23 Buscar conforto e saúde FC 65 3 O irmão P não tem feito uso prudente dos recursos. O sábio discernimento não o tem influenciado tanto quanto as vozes e desejos de seus filhos. Não dá o devido valor aos recursos que tem em mãos, nem os gasta prudentemente com as coisas mais necessárias que precisa para conforto e saúde. A família inteira está necessitando melhorar neste aspecto. Muitas coisas são necessárias na família para comodidade e conforto. A falta de apreciar ordem e método na organização dos assuntos familiares leva à destruição e contribui para a improdutividade.24 FC 65 4 Não podemos tornar o coração mais puro e mais santo por vestir de saco o corpo ou desprover o lar de tudo que satisfaz ao conforto, gosto e conveniência.25 FC 65 5 Deus não requer que Seu povo se prive do que é realmente necessário a sua saúde e conforto, mas não aprova a dissipação, extravagância e exibicionismo.26 Quando economizar e quando gastar FC 65 6 É preciso procurar saber quando poupar e quando gastar. Não podemos ser seguidores de Cristo a menos que neguemos o eu e exaltemos a cruz. Devemos pagar honesta e pontualmente nossas contas. Temos que corrigir os erros do passado e evitar repeti-los no futuro. Temos que cortar todos os pequenos valores gastos para a satisfação própria. Também é preciso anotar o que é usado simplesmente para satisfazer o gosto e para cultivar um apetite pervertido, epicurista. O dinheiro gasto em guloseimas inúteis pode ser usado para acrescentar conforto e utilidades substanciais a seu lar. Não é o caso de ser avarento, mas honesto consigo mesmo e com seus irmãos. A avareza é um mau uso das bênçãos de Deus. O esbanjamento é também um abuso. Os pequenos desperdícios que julgamos indignos de considerar podem pesar muito no fim das contas.27 O coração rendido será guiado FC 66 1 Não é necessário especificar aqui como a economia pode ser praticada em cada situação. Aqueles cujo coração estiver inteiramente rendido a Deus, e que tomarem Sua Palavra como guia, saberão como conduzir-se em todos os deveres da vida. Aprenderão de Jesus, que é manso e humilde de coração; e cultivando a mansidão de Cristo fecharão a porta contra inumeráveis tentações.28 ------------------------Capítulo 12 -- Religião traz felicidade A felicidade da família FC 67 1 A religião é, na família, um maravilhoso poder. A conduta do esposo para com a esposa e dela para com ele pode ser tal que torne a vida no lar uma preparação para pertencer à família celestial.1 FC 67 2 Corações cheios do amor de Cristo jamais podem estar em desarmonia. Religião é amor, e o lar cristão é aquele onde o amor reina e encontra expressão em palavras e atos de solícita bondade e gentil cortesia.2 FC 67 3 A religião é necessária no lar. Só ela pode prevenir os ofensivos erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina, pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então, uma pessoa e outra se unirão, e as duas vidas se fundirão em harmonia. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, e suas santas vigílias santificarão a relação matrimonial. Será banida a vil sensualidade. Os pensamentos serão dirigidos para Deus, no alto; a Ele ascenderá a devoção do coração.3 FC 67 4 Em toda família em que Cristo habita, serão manifestados terno amor e simpatia de uns pelos outros; não um amor espasmódico expresso apenas em afetuosas carícias, mas um amor profundo e permanente.4 Uma influência controladora FC 68 1 O cristianismo deve ter influência dominante na relação matrimonial; mas ocorre muitas vezes o caso de que os motivos que determinam essa união não se harmonizam com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer seu poder sobre o povo de Deus, induzindo-o a entrar em aliança com seus súditos; e, a fim de realizar isso, ele se esforça por despertar paixões impuras no coração. Mas o Senhor, em Sua Palavra, instruiu claramente ao Seu povo a não se unir com aqueles dentro de quem não habita o amor para com Ele.5 Conselho a um novo casal FC 68 2 O casamento, uma união para toda a vida, é símbolo da união entre Cristo e Sua igreja. O espírito que Cristo manifesta para com Sua igreja é o mesmo espírito que marido e mulher devem manifestar mutuamente. Se amam a Deus acima de tudo, amar-se-ão mutuamente no Senhor, tratando-se com cortesia, e identificando-se um com o outro. Em sua abnegação e sacrifício mútuos serão uma bênção um para o outro. ... FC 68 3 Ambos necessitam da conversão. Vocês não têm, nenhum dos dois, uma idéia apropriada do significado da obediência a Deus. Estudem as palavras: "Quem não é comigo é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha." Lucas 11:23. Sinceramente, espero que vocês se tornem verdadeiros filhos de Deus, servos a quem Ele possa confiar responsabilidades. Então, paz, confiança e fé estarão presentes em sua vida. Sim, ambos podem ser cristãos e felizes. Cultivem a percepção cuidadosa, para que possam saber como escolher o bem e recusar o mal. Tornem a Palavra de Deus o seu guia. O Senhor Jesus deseja que vocês sejam salvos. Ele os tem preservado maravilhosamente para que sua vida possa ser de utilidade. Agreguem em seu viver todas as boas obras possíveis. FC 68 4 A menos que tenham fervente desejo de se tornarem filhos de Deus, não saberão claramente como ajudar um ao outro. Sejam, um para com o outro, ternos e atenciosos, abrindo mão dos próprios desejos e propósitos para que façam feliz um ao outro. Dia a dia, vocês podem fazer progresso nesse conhecimento mútuo. Dia a dia devem aprender como fortalecer os pontos fracos de caráter. O Senhor Jesus será sua luz, sua força, sua coroa, porque vocês terão ligado sua vontade com a dEle. ... FC 69 1 O que vocês necessitam é da subjugante graça de Deus no coração. Não desejem uma vida de ócio e inatividade. Todos os que estão relacionados com a obra do Senhor devem estar constantemente em guarda contra o egoísmo. Mantenham a lâmpada abastecida e ardendo. Então, não serão descuidados em suas palavras e ações. Serão ambos felizes se procurarem agradar um ao outro. Mantenham as janelas do coração fechadas para a Terra e abertas para o Céu. FC 69 2 Homens e mulheres podem alcançar alta norma, se tão-somente reconhecerem Cristo como seu Salvador pessoal. Vigiem e orem, fazendo a entrega de tudo a Deus. A certeza de que estão lutando pela vida eterna fortalecerá e confortará a ambos. Em pensamento, palavras e ações, vocês devem ser luzes no mundo. Disciplinem-se no Senhor; pois Ele lhes tem confiado sagradas responsabilidades, que não poderão desempenhar devidamente sem essa disciplina. Crendo em Jesus, não somente confirmarão a própria salvação, como também pelo ensino e pelo exemplo irão procurar salvar outras pessoas. Tomem a Cristo como seu exemplo. Exaltem-nO como Aquele que lhes pode dar poder para vencer. Destruam completamente a raiz do egoísmo. Engrandeçam a Deus, pois vocês são Seus filhos. Glorifiquem a seu Redentor, e Ele lhes dará um lugar em Seu reino.6 ------------------------Capítulo 13 -- Deveres e privilégios do casal Jesus não impõe o celibato FC 70 1 Os que consideram a relação matrimonial um plano de Deus, protegido pela Sua santa lei, serão controlados pelos limites da razão.1 FC 70 2 Jesus não impõe o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la em sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta é a força dominante.2 Legítimo e santo FC 70 3 Não é nenhum pecado em si o comer e beber, ou casar-se e dar-se em casamento. Era correto casar no tempo de Noé, e é correto fazê-lo agora, desde que isso que é correto seja tratado convenientemente e não levado a pecaminoso excesso. Mas, nos dias de Noé, os homens se casavam sem consultar a Deus ou buscar Sua guia e conselho. ... FC 70 4 O fato de que todas as relações da vida são de natureza transitória deve exercer uma influência modificadora sobre tudo que fazemos e dizemos. Nos dias de Noé, foi o amor desordenado excessivo daquilo que era, em si mesmo, legítimo quando usado com propriedade, que tornou o casamento pecaminoso aos olhos de Deus. Há muitos que estão perdendo a salvação por se deixarem absorver por idéias inadequadas sobre o casamento e a relação matrimonial em si.3 FC 71 1 A relação matrimonial é santa, mas neste século degenerado encobre maldades de toda espécie. Tem-se abusado do casamento, e ele se tornou um crime que agora constitui um dos sinais dos últimos dias, tal como nos dias anteriores ao dilúvio. ... Quando a natureza sagrada do casamento e seus altos propósitos são compreendidos, será, mesmo agora, aprovado pelo Céu; e o resultado será felicidade para ambas as partes, e Deus será glorificado.4 Privilégios do casamento FC 71 2 Os que professam ser cristãos... [devem] ponderar, então, devidamente, o resultado de cada privilégio das relações conjugais, fundamentando cada ação em santificado princípio.5 FC 71 3 Em muitíssimos casos, os pais... têm abusado dos privilégios matrimoniais e, pela condescendência, fortalecido suas paixões sensuais.6 Evitar excessos FC 71 4 Ao se levar a excessos aquilo que é permitido, comete-se um grave pecado.7 FC 71 5 Muitos pais não obtêm o conhecimento que deviam em sua vida conjugal. Não se guardam para que Satanás não se aproveite deles, controlando-lhes a mente e a vida. Não vêem que Deus requer que eles controlem sua vida conjugal, evitando qualquer excesso. Bem poucos, porém, sentem ser um dever religioso reger as próprias paixões. Uniram-se em matrimônio à pessoa de sua escolha, e daí raciocinam que o casamento santifica a condescendência com as paixões inferiores. Mesmo homens e mulheres que professam piedade liberam suas paixões de concupiscência, e nem pensam que Deus os considera responsáveis pelo comprometimento da energia vital, o que lhes enfraquece o poder na vida e debilita todo o organismo.8 Abnegação e temperança FC 71 6 Oh! se eu pudesse fazer todos compreenderem sua obrigação para com Deus quanto a conservar a estrutura mental e física nas melhores condições a fim de prestarem serviço perfeito a seu Criador! Refreie-se a esposa cristã, tanto por palavras como por atos, de despertar as paixões sensuais do marido. Muitos não têm absolutamente forças para desperdiçarem nessa direção. Desde sua juventude têm enfraquecido o cérebro e debilitado sua constituição em virtude da satisfação dos apetites sensuais. Abnegação e temperança, eis o que devia constituir seu objetivo na vida conjugal.9 FC 72 1 Achamo-nos sob solene obrigação diante de Deus quanto a guardar puro o espírito e o corpo saudável, a fim de podermos ser um benefício à humanidade, oferecendo a Deus um serviço perfeito. O apóstolo pronuncia estas palavras de advertência: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências." Romanos 6:12. Ele nos anima a avançar dizendo que "todo aquele que luta de tudo se abstém". 1 Coríntios 9:25. Exorta todos que se dizem cristãos a apresentarem o seu corpo como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. Diz ainda: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:27.10 FC 72 2 Não é um amor puro o que leva um homem a tornar sua esposa instrumento para servir a sua sensualidade. É a paixão sensual que clama por satisfação. Quão poucos são os homens que manifestam seu amor na maneira indicada pelo apóstolo: "Como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para [não poluí-la, mas] a santificar, purificando-a" ... para a apresentar... santa e irrepreensível." Efésios 5:25-27. Tal é, nas relações conjugais, o amor que Deus reconhece como santo. O amor é um princípio puro e santo; a paixão sensual, porém, não admitirá restrição, e não será ditada pela razão ou por ela controlada. É cega às conseqüências; não raciocina de causa para efeito.11 Debilitando o autocontrole FC 72 3 Satanás procura rebaixar a norma de pureza e enfraquecer o autocontrole dos que se casam, porque sabe que, se as paixões predominarem, as faculdades morais se tornarão seguramente mais fracas, e ele não precisa preocupar-se com o crescimento espiritual dessas pessoas. Ele sabe também que de nenhuma outra maneira pode estampar melhor a sua própria imagem odiosa na descendência delas, e que assim pode moldar mais facilmente o caráter dos filhos do que o caráter dos pais.12 Resultados do excesso FC 73 1 Homens e mulheres, um dia vocês aprenderão o que seja a concupiscência e o resultado de satisfazê-la. Pode-se encontrar no casamento paixão de tão baixa qualidade, como fora dele.13 FC 73 2 Qual é o resultado de liberar as paixões inferiores? ... O leito conjugal, onde anjos de Deus devem estar presentes, é profanado por práticas perversas. E porque domina deprimente bestialismo, os corpos são corrompidos; práticas abomináveis levam a enfermidades abomináveis. O que Deus deu como uma bênção tem-se transformado em maldição.14 FC 73 3 O excesso sexual certamente destruirá o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo seguramente a debilitar a vitalidade. Mulher alguma deve ajudar o marido nessa obra de autodestruição. Ela não o fará caso esteja esclarecida, e tenha por ele verdadeiro amor. FC 73 4 Quanto mais condescendência houver com as paixões sensuais, tanto mais fortes se tornarão elas, e mais violentos serão seus reclamos quanto à satisfação. Que os homens e mulheres tementes a Deus despertem para o seu dever. Muitos professos cristãos têm seus nervos e cérebro afetados pela sua intemperança.15 Mostrar consideração FC 73 5 Os maridos devem ser cuidadosos, atenciosos, constantes, fiéis e compassivos. Devem manifestar amor e simpatia. Se cumprirem as palavras de Cristo, seu amor não será de baixa natureza, terreno; de caráter sensual que leve à destruição do próprio corpo, e debilidade e enfermidade à esposa. Não serão condescendentes para com a satisfação de baixas paixões, fazendo ouvir a esposa que ela deve ser sujeita ao marido em tudo. Quando o esposo tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que cada cristão deve possuir, isso se revela no seu casamento. Se ele tem a mente de Cristo, não será um destruidor do corpo, mas estará cheio de terno amor, procurando alcançar a mais elevada norma em Cristo.16 Quando se instala a desconfiança FC 74 1 Homem algum amará verdadeiramente sua esposa quando ela se submete pacientemente a tornar-se sua escrava, e servir a suas depravadas paixões. Em sua passiva submissão, ela perde o valor que antes possuía aos olhos dele. Ele a vê degradada de tudo quanto era elevado, para um baixo nível; e não demora a que suspeite que ela se submeta com a mesma passividade a ser degradada por outro assim como por ele. Duvida-lhe da constância e pureza, cansa-se dela, e busca novos objetos para despertar e intensificar suas paixões infernais. A lei de Deus não é considerada. Tais homens são piores que os animais: são demônios em forma humana. Não conhecem os elevados, enobrecedores princípios do amor verdadeiro e santificado. FC 74 2 A esposa também passa a sentir ciúmes do marido, e suspeita que, em havendo oportunidade, ele com a mesma prontidão dirigiria a outra, da mesma maneira que a ela, suas atenções amorosas. Percebe que ele não é controlado pela consciência ou o temor de Deus; todas essas santificadas barreiras são derrubadas pelas paixões concupiscentes; tudo quanto no marido é de natureza divina, torna-se servo da sensualidade baixa e embrutecedora.17 Solicitações irrazoáveis FC 74 3 A questão a ser assentada agora, é: Deve a esposa sentir-se obrigada a ceder automaticamente às exigências do marido, quando ela vê que coisa alguma senão a paixão vil o domina, e quando sua razão e discernimento se acham convencidos de que ela o faz com dano do próprio corpo que Deus lhe ordenou possuir "em santificação e honra" (1 Tessalonicenses 4:4), conservar como um "sacrifício vivo" (Hebreus 12:1) para Deus? FC 74 4 Não é amor puro e santo o que leva a esposa a satisfazer às propensões sensuais do esposo, com prejuízo da saúde e da vida. Caso ela tenha verdadeiro amor e sabedoria, procurará desviar-lhe a mente da satisfação das paixões impuras para assuntos elevados e espirituais, falando sobre assuntos espirituais interessantes. Talvez seja necessário insistir humilde e afetuosamente, mesmo com risco de o desagradar, em que ela não pode desonrar seu corpo, cedendo a excessos sexuais. Deve, bondosa e ternamente, lembrar-lhe que Deus tem direitos mais altos, acima de todos os outros direitos, sobre todo o seu ser, e que ela não pode desrespeitar esses direitos, pois será por isto responsável no grande dia de Deus. ... FC 75 1 Caso ela eleve suas afeições, e em santificação e honra conserve sua pura dignidade de mulher, poderá, por sua sensata influência, fazer muito para santificar o marido, cumprindo assim sua alta missão. Por essa maneira de agir, ela pode salvar tanto o marido, como a si mesma, realizando uma dupla obra. Nessa questão tão delicada e tão difícil de resolver, são necessárias muita sabedoria e paciência, bem como ânimo e força morais. Graça e resistência podem ser obtidas através da oração. O amor sincero deve ser o princípio dominante do coração. Amor a Deus e ao esposo pode unicamente ser a justa norma de procedimento. ... FC 75 2 Quando a mulher sujeita o corpo e o espírito ao domínio do marido, sendo passiva diante da vontade dele em tudo, sacrificando sua consciência, dignidade e mesmo personalidade, perde a oportunidade de exercer aquela poderosa influência que deveria possuir para o bem, a fim de elevar o marido. Ela poderia abrandar-lhe a natureza áspera, e sua santificadora influência poderia ser usada de modo a purificar e polir, levando-o a esforçar-se zelosamente por governar as próprias paixões, e ser mais espiritual, para que sejam juntamente participantes da divina natureza, "havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo". 2 Pedro 1:4. Grande pode ser o poder da influência em conduzir a mente a assuntos elevados e nobres, acima das baixas condescendências sensuais naturalmente buscadas pelo coração não renovado pela graça. Caso a esposa ache que, a fim de agradar ao marido, deve descer à norma por ele mantida, quando a paixão sensual é a principal base de seu amor e lhe rege as ações, ela desagrada a Deus; pois deixa de exercer uma santificadora influência sobre o marido. Se ela acha dever submeter-se a suas paixões sensuais sem uma palavra de admoestação, não compreende seu dever para com ele e para com o seu Deus.18 Nosso corpo foi comprado FC 76 1 As mais baixas paixões têm sua sede no corpo e por seu intermédio operam. As palavras "carne" ou "carnal" ou ainda "concupiscência da carne" envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. FC 76 2 É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão pecaminosa deve ser sujeita às faculdades mais altas do espírito. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça.19 ------------------------Capítulo 14 -- O círculo sagrado Santidade na família FC 77 1 Há um círculo sagrado em torno de cada família, que deve ser preservado. Nenhuma outra pessoa tem o direito de entrar nesse círculo. Marido e esposa devem ser tudo um para o outro. A esposa não deve ter segredos que guarde do marido e permita que outros conheçam, e o marido não deve igualmente ter segredos para com a esposa e torná-los conhecidos de outros. O coração da esposa deve ser a sepultura das faltas do marido, e o coração do marido a sepultura das faltas da esposa. Nunca devem, nem um nem outro, permitir gracejos à custa dos sentimentos do parceiro. Não devem jamais, marido ou mulher, quer por brincadeira ou por qualquer outro meio, queixar-se um do outro para outras pessoas, pois da prática freqüente dessa imprudência, o que pode parecer uma brincadeira perfeitamente inocente acabará em conflito entre ambos e talvez em afastamento. Tem-se-me mostrado que deve haver uma sagrada proteção em torno de toda família.1 FC 77 2 O círculo do lar deve ser considerado um sagrado lugar, símbolo do Céu, espelho no qual nos refletimos. Podemos ter amigos e associações, mas na vida do lar eles não devem interferir. Tem de haver um forte senso de propriedade, que resulte num sentimento de tranqüilidade, repouso, confiança.2 Língua, ouvidos e olhos santificados FC 78 1 Orem a Deus os que fazem parte do círculo da família, para que Ele lhes santifique a língua, os olhos e os ouvidos, e cada membro de seu corpo. Quando postos em contato com o mal, eles não têm de ser vencidos pelo mal. Cristo tornou possível ao caráter ser perfumado com o bem. ... FC 78 2 Quantos desonram a Cristo e dEle fazem uma falsa representação no lar! Quantos deixam de manifestar paciência, longanimidade, perdão, verdadeiro amor! Muitos têm seus gostos e desgostos e sentem-se em liberdade de manifestar sua disposição perversa em vez de revelar a vontade, as obras, o caráter de Cristo. A vida de Jesus foi repleta de bondade e amor. Estamos nós nos desenvolvendo segundo Sua divina natureza? 3 União, amor e paz FC 78 3 Façam os pais e mães solene promessa a Deus, a quem professam amar e obedecer, de que por Sua graça não contenderão entre si, mas que em sua própria vida e temperamento manifestarão o espírito que desejam que os filhos acariciem.4 FC 78 4 Devem os pais ser cuidadosos em não permitir que o espírito de dissensão se insinue no lar; pois esse é um dos instrumentos de Satanás para fazer sua impressão no caráter. Se os pais se empenharem pela unidade no lar mediante o ato de inculcar os princípios que governaram a vida de Cristo, a dissensão será expulsa, e união e amor habitarão ali. Pais e filhos partilharão do dom do Espírito Santo.5 FC 78 5 Lembrem-se, marido e mulher, que eles já têm suficientes encargos, antes de tornarem a vida infeliz permitindo que sobrevenham diferenças. Os que dão lugar a pequenas diferenças convidam Satanás para dentro do lar. Os filhos assimilam o espírito de contenda por ninharias. Agências do mal fazem sua parte em tornar pais e filhos desleais a Deus.6 FC 78 6 Embora possam surgir provas na vida matrimonial, marido e mulher devem fixar a mente no amor de Deus. O pai deve olhar a mãe de seus filhos como alguém que merece toda a bondade, ternura e simpatia.7 O segredo da união familiar FC 79 1 A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximarem-se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades -- embora haja muito disso a ser feito -- mas a união com Cristo. FC 79 2 Uma forma de ilustrar isso é através de um grande círculo, de cuja periferia saem linhas que se dirigem todas para o centro. Quanto mais próximas do centro estiverem, mais próximas estarão umas das outras. FC 79 3 Assim é na vida cristã. Quanto mais perto nos achegamos de Cristo, mais perto estaremos uns dos outros. Deus é glorificado quando Seu povo se une em ação harmoniosa.8 Ajudem-se uns aos outros FC 79 4 A família firme é um sagrado organismo social, em que cada membro deve desempenhar sua parte, um ajudando o outro. A obra do lar deve mover-se suavemente, como as diferentes partes de uma máquina bem regulada.9 FC 79 5 Cada membro da família deve sentir que sobre ele repousa a responsabilidade individual de fazer sua parte em ajudar no conforto, ordem e regularidade do lar. Não deve trabalhar um contra o outro. Todos devem empenhar-se unidos na boa obra de se encorajarem mutuamente; devem exercer gentileza, longanimidade e paciência; falar em tom calmo e baixo, evitando confusão, e cada um fazendo o melhor para aliviar o fardo da mãe... FC 79 6 Cada membro da família deve compreender exatamente a parte que dele se espera em união com os outros. Todos, desde a criança de seis anos e daí para cima, devem compreender que deles se requer que desempenhem sua parte nos encargos da vida.10 Decisão certa FC 79 7 Eu tenho de crescer na graça, no lar ou onde quer que esteja, a fim de dar poder moral a todas as minhas ações. No lar, devo cuidar de meu espírito, minhas ações, minhas palavras. Preciso dedicar tempo à cultura pessoal, ao meu preparo e aperfeiçoamento nos retos princípios. Preciso ser um exemplo para os outros. Devo meditar na Palavra de Deus, noite e dia, e levá-la à minha vida prática. A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, é a única espada que posso com segurança usar.11 ------------------------Capítulo 15 -- As crianças, uma bênção Parte do plano de Deus FC 81 1 Aquele que deu Eva a Adão como companheira... ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial.1 FC 81 2 Os filhos são a herança do Senhor e somos responsáveis diante dEle pela administração de Sua propriedade. ... Que os pais cuidem de sua família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isaías 8:18.2 FC 81 3 Uma casa sem crianças é um lugar desolado. O coração dos que nela residem está em perigo de se tornar egoísta, de acariciar o amor pela própria comodidade e consultar seus próprios desejos e conveniências. Atraem compaixão para si mesmos, mas têm pouco para conceder a outros.3 Conselho a um casal sem filhos FC 81 4 Deve morrer o egoísmo, que se manifesta de variadas formas, segundo as circunstâncias e a constituição peculiar dos indivíduos. Se tivessem filhos, e seu pensamento fosse compelido a desviar-se de si mesmos para o cuidado deles, para instruí-los e ser-lhes um exemplo, ter-lhes-ia isso sido uma vantagem. ... Quando dois formam uma família, como no seu caso, e não há filhos para exercitar a paciência, a tolerância e o verdadeiro amor, há necessidade de constante vigilância a fim de que o egoísmo não domine, para que você não se torne o centro, exigindo atenção e cuidado, que não se sente na obrigação de conceder a outros.4 FC 82 1 Muitos estão enfermos física, mental e moralmente, porque sua atenção está voltada exclusivamente para si mesmos. Podem ser salvos desse estado de estagnação pela sadia vitalidade e a diversidade de mente dos mais novos, e a incansável energia das crianças.5 Traços nobres FC 82 2 Tenho terno interesse por todas as crianças, pois tornei-me uma sofredora em tenra idade. Tenho tomado muitas crianças para delas cuidar, e tenho compreendido sempre que a associação com a simplicidade da infância foi uma grande bênção para mim. ... FC 82 3 A simpatia, paciência e amor exigidos no trato com crianças seriam uma bênção em todo lar. Elas poderiam abrandar e subjugar traços de caráter naqueles que necessitam ser mais otimistas e calmos. A presença de uma criança num lar suaviza e refina. Uma criança criada no temor do Senhor é uma bênção.6 FC 82 4 O cuidado e afeição por crianças dependentes removem as imperfeições de nossa natureza, fazem-nos ternos e compreensivos, e influem no desenvolvimento dos mais nobres elementos de nosso caráter.7 A influência do filho sobre Enoque FC 82 5 Depois do nascimento de seu primeiro filho, Enoque alcançou uma experiência mais elevada: foi levado a uma relação mais íntima com Deus. Compreendeu mais amplamente suas obrigações e responsabilidade como filho de Deus. E, quando viu o amor do filho para com o pai, sua confiança singela em sua proteção; quando sentiu a ternura profunda e compassiva de seu próprio coração por aquele filho primogênito, aprendeu uma lição preciosa do maravilhoso amor de Deus para com os homens no dom de Seu filho, e a confiança que os filhos de Deus podem depositar em seu Pai celestial.8 Um precioso depósito FC 83 1 Os filhos são entregues aos pais como precioso depósito, o qual Deus um dia requererá de suas mãos. Devemos dedicar mais tempo, mais cuidado e mais oração em favor da educação de nossos filhos. Eles necessitam mais da boa instrução. ... FC 83 2 Não podemos nos esquecer de que nossos filhos são os mais jovens membros da família de Deus. Ele os tem entregue a nosso cuidado, para que os preparemos e eduquemos para o Céu. Teremos que dar conta a Ele pela maneira como desempenhamos nosso sagrado dever.9 ------------------------Capítulo 16 -- Tarefa que não pode ser transferida Responsabilidade dos pais FC 84 1 Pais, vocês têm uma responsabilidade que ninguém pode levar em seu lugar. Enquanto viverem, serão responsabilizados por Deus quanto a guardar o Seu caminho. ... Os pais que fazem da Palavra de Deus seu guia, e que compreendem quanto seus filhos dependem deles na formação do caráter, darão aos filhos um exemplo que lhes seja seguro seguir.1 FC 84 2 Pais e mães são responsáveis pela saúde, formação e desenvolvimento do caráter de seus filhos. Ninguém mais deveria ter que se encarregar dessa obra. Ao se tornarem pais, vocês assumiram a tarefa de cooperar com o Senhor para educá-los nos princípios sadios.2 FC 84 3 Quão triste é que muitos pais tenham colocado nas mãos de estranhos a responsabilidade que Deus lhes deu com respeito aos filhos! Querem que outros trabalhem por seus filhos e eles mesmos ficam livres de sua responsabilidade.3 FC 84 4 Muitos que estão, agora, lamentando a apostasia dos filhos são os únicos culpados. Examinem suas Bíblias e vejam o que Deus deles exige como pais e guardiões. Assumam eles seus deveres negligenciados por muito tempo. Necessitam humilhar-se e arrepender-se diante de Deus por sua negligência em seguir a direção divina na educação dos filhos. Necessitam mudar seu procedimento e seguir estrita e cuidadosamente a Bíblia como seu guia e conselheiro.4 A igreja sozinha não pode assumir FC 85 1 Se os jovens e as crianças entregassem o coração a Cristo, que exército poderia, então, ser convocado para levar outros à justiça. Mas os pais não devem deixar essa obra exclusivamente para a igreja.5 Nem o pode o pastor FC 85 2 Vocês estão acumulando grandes responsabilidades sobre o pregador e o fazem responsável pela salvação de seus filhos; mas não sentem a própria responsabilidade como pais e instrutores. ... Seus filhos e filhas se corrompem pelo seu próprio exemplo e sua frouxa disciplina; e, apesar dessa grave falha na educação doméstica, entendem que o pastor tem de conseguir combater sua influência e realizar o prodígio de educar o coração de seus filhos na piedosa virtude. Depois de haver o pastor feito pela igreja tudo quanto pôde, admoestando-a fielmente e com bondade, procurando encaminhá-la com paciência e fazendo ardentes preces pelo resgate e salvação de cada um, pode ainda não obter sucesso, pois a causa está na negligência dos pais. A responsabilidade pesa sobre os pais. Quererão eles aceitar a missão que Deus os incumbiu e desempenhar-se dela com fidelidade? Prosseguirão para frente e para cima, trabalhando de maneira perseverante, paciente e humilde, a fim de alcançarem para si mesmos a exaltada norma e levar os filhos consigo? 6 FC 85 3 Não há muitos pais e mães pondo suas responsabilidades nas mãos de outros? Não pensam muitos deles que o pastor deve tomar o encargo e preocupar-se para que seus filhos se convertam e o selo de Deus seja posto neles? 7 Nem o pode também a Escola Sabatina FC 85 4 É seu privilégio [dos pais] ajudar os filhos a obter o conhecimento que lhes pode garantir a vida eterna. Mas, por alguma razão, muitos pais não apreciam dar instrução religiosa a seus filhos. Permitem que recebam na Escola Sabatina o conhecimento que eles [os pais] deviam comunicar acerca de sua responsabilidade diante de Deus. Esses pais necessitam compreender que Deus deseja que eduquem, disciplinem e instruam seus filhos, pondo sempre diante deles o fato de que estão formando caráter para a vida presente e a futura.8 FC 86 1 Não recai sobre os professores da Escola Sabatina a obra de indicar a nossos filhos o caminho que devem seguir. A Escola Sabatina é uma grande bênção; ela pode ajudar-lhes em seu trabalho, mas não pode tomar o seu lugar. Deus deu a todos os pais e mães a responsabilidade de levar os filhos a Jesus, ensinando-lhes como orar e crer na Palavra de Deus. FC 86 2 Na educação de nossos filhos, não deixemos de lado as grandes verdades da Bíblia, na suposição de que a Escola Sabatina e os pastores farão a obra por nós negligenciada. A Bíblia não é intocavelmente sagrada e sublime que não possa ser aberta diariamente e estudada diligentemente. As verdades da Palavra de Deus devem ser relacionadas com as coisas da vida supostamente consideradas pequenas. Se corretamente consideradas, elas animarão a vida comum, fornecendo motivos para a obediência e princípios para a formação de um caráter reto.9 ------------------------Capítulo 17 -- O tamanho da família Grave dano às mães FC 87 1 Há pais que, sem considerarem se podem ou não sustentar uma grande família, enchem a casa com esses pequenos seres indefesos, que dependem inteiramente dos pais para instrução e cuidado. ... Esse é um grave erro, não apenas para com a mãe, mas também para com os filhos e a sociedade. ... FC 87 2 Os pais deviam ter sempre em mente o bem futuro de seus filhos. Não deviam ser obrigados a utilizar cada momento em contínuo trabalho a fim de prover às necessidades da vida.1 FC 87 3 Antes de aumentar a família, devem pensar se Deus será glorificado ou desonrado ao trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante todo o tempo de sua vida de casados.2 A saúde da mãe é importante FC 87 4 Em vista da responsabilidade que recai sobre os pais, deve ser cuidadosamente considerado se é melhor trazer filhos à família. Tem a mãe suficiente energia para deles cuidar? E pode o pai dar-se à prerrogativa de bem modelar e retamente educar a criança? Quão pouco é o destino da criança considerado! A satisfação da paixão é o único pensamento, e cargas são impostas à esposa e mãe, que lhe consomem a vitalidade e paralisam a faculdade espiritual. Com a saúde enfraquecida e o espírito desencorajado, ela se cerca de um pequeno rebanho do qual não pode cuidar como devia. Faltando-lhes a instrução que deviam ter, eles crescem para desonrar a Deus e comunicar a outros os males de sua própria natureza, e assim se forma um exército que Satanás utiliza como bem entende.3 Outros fatores FC 88 1 Deus deseja que os pais ajam como seres racionais e vivam de maneira que cada filho possa ser devidamente educado, a fim de que a mãe tenha força e tempo para empregar suas faculdades mentais para disciplinar os pequenos para a associação com os anjos. Ela deve ter coragem de desempenhar nobremente sua parte e fazer sua obra no temor e amor de Deus, a fim de que seus filhos se mostrem uma bênção para a família e para a sociedade. FC 88 2 O esposo e pai deve considerar todas estas coisas para que não venha a esposa e mãe de seus filhos a ser sobrecarregada e oprimida com o desânimo. Deve cuidar para que a mãe de seus filhos não seja colocada em posição de não poder cuidar devidamente de seus numerosos pequenos, vindo a crescerem sem a educação apropriada.4 FC 88 3 Os pais não devem aumentar a família mais depressa do que possam os filhos ser bem cuidados e educados. Uma criança nos braços da mãe cada ano é para esta grande injustiça. Isso debilita, e não raro destrói, o prazer social e aumenta as misérias domésticas. Rouba aos filhos aquele cuidado, educação e felicidade que os pais devem propiciar-lhes.5 Pais com família numerosa FC 88 4 A pergunta que lhes compete fazer é: "Estou formando uma família para fortalecer a influência e engrossar as fileiras dos poderes das trevas, ou estou suscitando filhos para Cristo?" FC 88 5 Se vocês não educam seus filhos e não lhes modelam o caráter de modo que correspondam aos reclamos de Deus, então, quanto menos filhos tiverem para sofrer as conseqüências de uma educação defeituosa, tanto melhor para vocês, seus pais, e melhor para a sociedade. A menos que os filhos possam ser educados e disciplinados desde o berço por uma mãe sábia e criteriosa, que seja conscienciosa e diligente, e que dirija sua casa no temor do Senhor, talhando e moldando o caráter deles para que possam estar à altura das normas de justiça, é pecado aumentar a família. Deus lhes deu raciocínio, e quer que o usem.6 FC 89 1 Pais e mães: ao descobrirem que estão deficientes no conhecimento de como educar os filhos para o Mestre, por que não aprenderam a lição? Por que continuam a trazer filhos ao mundo para engrossar as fileiras de Satanás? Está Deus contente com essa demonstração? Quando vêem que uma grande família sobrecarregará duramente seus recursos; quando notam que a mãe está cheia de filhos, e que ela não tem o tempo entre os nascimentos para fazer a obra que cada mãe necessita fazer, por que não aprendem dessas observações? Cada filho suga a vitalidade da mãe, e quando pais e mães não usam a razão neste assunto, que oportunidade têm os pais ou os filhos de ser devidamente preparados para a vida? O Senhor convida os pais a que considerem devidamente este assunto à luz de realidades eternas.7 Considerações de economia FC 89 2 Devem [os pais] considerar com calma que provisões podem ser feitas para os filhos. Não têm direito de os porem no mundo para ser uma carga aos outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar quanto ao sustento da família, de maneira a não se tornarem pesados aos outros? Se o não têm, vocês cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta do necessário cuidado, alimento e vestuário.8 FC 89 3 Os que têm dificuldades para conseguir sua subsistência, e os menos qualificados para se ajustarem no mundo, geralmente enchem a casa de filhos, ao passo que os habilidosos para adquirir propriedades em geral não têm mais filhos do que aqueles que podem bem atender. Os que não estão qualificados para cuidar de si, não deviam ter filhos.9 Problemas trazidos à igreja FC 90 1 Muitos que mal podem sobreviver solteiros resolvem casar e formar uma família, quando sabem que não têm com que sustentá-la. E o que é pior, não têm o controle da família. Toda a sua conduta em família é marcada por hábitos de desleixo. Têm apenas pouco domínio de si mesmos, e são irascíveis, impacientes, mal-humorados. Quando essas pessoas abraçam a mensagem, consideram-se habilitadas à assistência de seus irmãos mais afortunados; e se suas expectativas não são satisfeitas, queixam-se da igreja e os acusam de não viverem sua fé. Quem deveria sofrer nesse caso? Deve a causa de Deus ser consumida, e esgotados os recursos em diferentes lugares, para que recebam ajuda essas grandes famílias de pobres? Não. Os pais têm que sofrer as conseqüências. Eles não sofrerão, em sentido geral, maior falta após aceitar o sábado do que já experimentavam antes.10 Como o trabalho missionário é limitado FC 90 2 Ao serem enviados missionários a campos distantes, devem ser selecionados homens que saibam economizar, que não tenham família grande e que, compreendendo a brevidade do tempo e a grande obra a ser realizada, não encherão de filhos o lar, mas se conservarão livres tanto quanto possível de tudo que lhes desvie a mente de sua grande obra. A esposa, se devotada e deixada livre para fazê-lo, pode, colocando-se ao lado do esposo, realizar tanto quanto ele. Deus abençoou a mulher com talentos para serem usados para Sua glória em levar muitos filhos e filhas a Deus; mas muitas que podiam ser eficientes obreiras ficam presas no lar para cuidar dos pequenos. FC 91 3 Necessitamos de missionários que o sejam no verdadeiro sentido da palavra; que ponham de lado considerações egoístas e permitam que a causa de Deus venha em primeiro lugar; e que, trabalhando com simplicidade para a Sua glória, estejam prontos a qualquer momento para ir aonde Ele lhes ordene trabalhar em qualquer atividade a fim de espalhar o conhecimento da verdade. Homens cuja esposa ame e tema a Deus e que possa ajudá-los na obra são necessários no campo missionário. Muitos que têm famílias saem a trabalhar, mas não se entregam inteiramente ao trabalho. Sua mente está dividida. Esposa e filhos afastam-nos do trabalho e, não raro, conservam-nos fora do campo em que poderiam entrar, não fosse o pensarem que precisam estar perto do lar.11 ------------------------Capítulo 18 -- Tempo para os filhos Familiarizando-se com os filhos FC 92 1 Alguns pais não compreendem os filhos, e não se relacionam verdadeiramente com eles. Existe com freqüência grande separação entre pais e filhos. Caso penetrassem os pais mais plenamente no sentimento dos filhos e verificassem o que lhes está no coração, isso exerceria sobre eles uma influência benéfica.1 FC 92 2 Pai e mãe devem trabalhar unidos, em plena simpatia mútua. Devem se tornar companheiros dos filhos.2 FC 92 3 Os pais devem estudar a maneira melhor e mais bem-sucedida de ganhar o amor e a confiança dos filhos, a fim de poderem guiá-los no caminho direito. Devem refletir o sol do amor na família.3 Encorajamento e louvor FC 92 4 As crianças gostam de ter companhia, e raramente se podem distrair sozinhas. Anseiam por simpatia e ternura. O que lhes dá prazer, elas crêem que também o dá à mãe; e é natural que a ela se dirijam com suas pequeninas alegrias e pesares. A mãe não deve ferir-lhes o coraçãozinho tratando com indiferença essas coisas que, embora insignificantes para ela, são de grande importância para as crianças. A simpatia e aprovação que ela lhes dispensa, são preciosas. Um olhar de aprovação e uma palavra de ânimo ou louvor serão como um raio de sol em seu coraçãozinho tornando-as, às vezes, felizes o dia inteiro.4 Confidentes dos filhos FC 93 1 Os pais devem animar os filhos a confiar neles, e desabafar com eles o coração quando têm desgostos e em suas pequenas contrariedades e provas diárias.5 FC 93 2 As crianças devem ser instruídas com bondade e conquistadas pelo coração. Este é um tempo crítico para as crianças. Influências serão exercidas sobre elas a fim de separá-las de vocês, e cumpre-lhes contrabalançá-las. Ensinem-lhes a fazer de vocês seus confidentes, segredem-lhes elas ao ouvido suas provas e alegrias.6 FC 93 3 Os filhos seriam poupados a muitos males, fossem eles mais familiares com seus pais. Estes devem estimular neles a disposição de ser abertos e francos com eles, a lhes levarem suas dificuldades e, quando se acharem perplexos quanto ao rumo certo a tomar, exporem a questão diante de seus pais, exatamente como eles a vêem, pedindo-lhes conselho. Quem é tão capaz de ver e indicar o perigo que eles correm, como os pais piedosos? Quem pode, como eles, compreender o temperamento particular dos próprios filhos? A mãe que observou toda disposição de espírito desde a infância, estando assim familiarizada com a natural inclinação, está mais bem preparada para aconselhar seus filhos. Quem pode dizer tão bem quais os traços de caráter a combater e restringir, como a mãe, ajudada pelo pai? 7 "Falta tempo" FC 93 4 "Falta tempo", diz o pai; "não tenho tempo de dedicar-me à instrução de meus filhos; não tenho tempo de dedicar-me a prazeres sociais domésticos." Então, você não deveria ter assumido a responsabilidade de uma família. Privando os filhos do tempo que lhes pertence por direito, você lhes está roubando a educação que deveriam receber dos pais. Se você tem filhos, tem uma obra a fazer, em união com a mãe, na formação do caráter deles.8 FC 94 1 Eis a afirmação de muitas mães: "Não tenho tempo de estar com meus filhos." Então, por amor de Cristo, gaste menos tempo com sua roupa. Deixe de lado o adorno pessoal, e o fazer e receber visitas. Não tente cozinhar uma variedade interminável de pratos. Mas jamais, jamais negligencie seus filhos. Que é a palha em face do trigo? Que nada se interponha entre você e os melhores interesses de seus filhos.9 FC 94 2 Sobrecarregadas de muitos cuidados, as mães sentem que não podem, às vezes, dedicar tempo para instruir seus pequenos, e dispensar-lhes amor e simpatia. Lembrem-se, no entanto, de que, se os filhos não encontram nos pais e no lar aquilo que satisfaz sua necessidade de afeto e companheirismo, volvem-se para outras fontes, onde tanto a mente como o caráter podem ser atingidos.10 Junto aos filhos no trabalho e nas recreações FC 94 3 Dedique algumas de suas horas de lazer aos filhos; associando-se com eles no trabalho e nos esportes, e ganhando a confiança deles. Cultive a amizade com eles.11 FC 94 4 Dediquem os pais as noites à sua família. Ponham de lado os cuidados e perplexidades com os trabalhos do dia.12 Conselho a pais reservados e ditatoriais FC 94 5 Há perigo de os pais e os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que falham em manter um adequado relacionamento social com os filhos e alunos. Mantêm-se, com freqüência, muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração dos educandos. Caso reunissem as crianças bem junto de si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, mesmo em seus esportes, tornando-se, por vezes, uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres.13 Competidores do lar FC 94 6 Satanás e seu exército estão fazendo os mais poderosos esforços para controlar a mente das crianças, e estas devem ser tratadas com imparcialidade, ternura e amor cristãos. Isso causará uma forte influência sobre elas, e sentirão que podem depor ilimitada confiança nos pais. Lancem em torno dos filhos os encantos do lar e do convívio com vocês. Se assim fizerem, eles não terão tanto desejo de se unirem com outras companhias. ... Devido ao mal que há, agora, no mundo, e à restrição que é necessário impor aos filhos, os pais devem ter cuidado dobrado em mantê-los unidos ao seu coração, fazendo-os compreender que desejam sua felicidade.14 Familiarizar-se com os filhos FC 95 1 Não deve ser permitido que se erga entre pais e filhos barreira alguma de frieza e reserva. Relacionem-se os pais com eles, buscando compreender-lhes os gostos e disposições, penetrando em seus sentimentos e discernindo o que lhes vai no coração. FC 95 2 Pais, deixem que seus filhos vejam que vocês os amam, e farão tudo que estiver ao alcance para torná-los felizes. Se assim for feito, as necessárias restrições que lhes impuserem terão incomparavelmente mais peso em seu espírito. Controlem os filhos com ternura e compaixão, lembrando que "os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus". Mateus 18:10. Se vocês querem que os anjos façam por seus filhos a obra de que Deus os incumbiu, cooperem com eles, fazendo a sua parte. FC 95 3 Criadas sob a sábia e amorosa orientação de um lar verdadeiro, as crianças não terão desejo de ausentar-se em busca de prazer e camaradagem. O espírito que prevalece no lar moldará seu caráter; formará hábitos e princípios que serão uma forte defesa contra a tentação, quando deixarem o abrigo do lar e assumirem sua posição no mundo.15 ------------------------Capítulo 19 -- Posição e responsabilidades do pai Definição de esposo FC 96 1 O lar é uma instituição de Deus. Ele designou que o círculo da família -- pai, mãe e filhos -- existisse neste mundo como um núcleo.1 FC 96 2 A tarefa de tornar o lar feliz não repousa somente sobre a mãe. O pai tem parte importante a desempenhar. O marido é o laço de união dos tesouros do lar, unindo, mediante sua afeição devotada, forte, fervorosa, os membros da família -- mãe e filhos -- nos mais fortes laços de união.2 FC 96 3 Seu nome é definido como laço de união da família. ... Vi que poucos pais percebem essa responsabilidade.3 O líder principal FC 96 4 O marido e pai é a cabeça da família. A esposa espera dele amor e interesse, bem como auxílio na educação dos filhos, e isso é justo. Os filhos lhe pertencem, da mesma maneira que a ela, e sua felicidade também interessa a ele. Os filhos esperam do pai apoio e orientação; cumpre-lhe ter justa concepção da vida, e das influências e associações que devem rodear sua família. Ele deve ser regido, acima de tudo, pelo amor e temor de Deus, e pelos ensinos de Sua Palavra, a fim de lhe ser possível guiar os pés dos filhos no caminho reto. ... FC 97 1 O pai deve fazer sua parte para tornar o lar feliz. Sejam quais forem seus cuidados e perplexidades nos negócios, não permita que estes ensombrem a família; ele deve penetrar em casa com sorrisos e palavras aprazíveis.4 Legislador e sacerdote FC 97 2 Todos os membros da família se centralizam no pai. Ele é o legislador, ilustrando na própria varonilidade as importantes virtudes: energia, integridade, honestidade, paciência, coragem, diligência e prestatividade. O pai é, em certo sentido, o sacerdote da família, apresentando ante o altar de Deus o sacrifício da manhã e da tarde. A esposa e os filhos devem ser encorajados a unir-se nesta oferenda e também a participar dos cânticos de louvor. De manhã e de tarde o pai, como sacerdote da família, deve confessar a Deus os pecados cometidos por ele e pelos seus filhos durante o dia. Tanto os pecados de que se tem conhecimento, como aqueles que são secretos e que só Deus conhece devem ser confessados. Esse procedimento, zelosamente seguido pelo pai quando presente, ou pela mãe quando o pai estiver ausente, resultará em bênçãos sobre a família.5 FC 97 3 O pai representa o Legislador divino em sua família. É colaborador de Deus, promovendo os graciosos desígnios de Deus e estabelecendo em seus filhos elevados princípios que os capacitam a desenvolver caráter puro e virtuoso, porque têm ocupado previamente o coração com aquilo que capacitará seus filhos a render obediência não somente a seus pais terrestres, mas também ao Pai celestial.6 FC 97 4 O pai não deve falhar em sua sagrada missão. Não deve, em ponto algum, ceder sua autoridade paterna.7 Andar com Deus FC 97 5 O pai... unirá seus filhos ao trono de Deus pela fé viva. Desconfiando de sua própria força, irá até Jesus, apossando-se da força do Altíssimo. Irmãos, orem no lar, em família, de noite e de manhã; orem ferventemente em seu aposento; e, enquanto empenhados em seu trabalho diário, elevem a mente a Deus em oração. Foi assim que Enoque andou com Deus. A oração silenciosa e fervorosa elevar-se-á como incenso ao trono da graça e será aceitável a Deus como se oferecida no santuário. A todos que assim O buscam, Cristo Se tornará "socorro bem presente nas tribulações". Salmos 46:1.8 Experiência amadurecida FC 98 1 O pai não deve ser como uma criança, movido meramente por impulso. Ele está ligado à sua família por laços sagrados.9 FC 98 2 Sua influência no lar será determinada pelo seu conhecimento do único e verdadeiro Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou. "Quando eu era menino", diz Paulo, "falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino." 1 Coríntios 13:11. O pai deve liderar a família, não como um moleque, um garoto indisciplinado, mas como um homem de caráter forte, de paixões controladas. Deve viver dentro das melhores normas morais. Sua conduta na vida em família deve ser dirigida e restringida pelos princípios puros da Palavra de Deus. Então, ele crescerá até à estatura de um homem em Cristo Jesus.10 Submissão à vontade de Deus FC 98 3 Ao homem que é esposo e pai, eu diria: Esteja certo de que uma atmosfera pura e santa circunde suas ações. ... É necessário aprender diariamente de Cristo. Jamais, jamais deve demonstrar espírito tirânico no lar. O homem que assim procede está trabalhando em parceria com agentes satânicos. Sua vontade tem de ser submetida à vontade de Deus. Faça tudo que estiver em seu poder para tornar aprazível e feliz a vida de sua esposa. Tome a Palavra de Deus como sua conselheira. No lar, viva os ensinos da Palavra. Então, haverá de vivê-los na igreja e os levará consigo ao trabalho. Os princípios do Céu enobrecerão até suas atividades mais comuns. Os anjos de Deus cooperarão, ajudando-o a revelar Cristo ao mundo.11 Oração de um pai FC 98 4 Não permita que a agitação de seus negócios leve trevas a sua vida no lar. Se ocorrerem pequenas coisas não exatamente como é o seu desejo e você deixar de revelar paciência, longanimidade, amor e bondade, estará mostrando que não tem escolhido como companheiro Aquele que tanto o amou que deu a vida por você, para que você possa ser um com Ele. FC 99 1 Na vida diária haverá surpresas, desapontamentos e tentações. Que diz a Palavra? "Resisti ao diabo" mediante firme confiança em Deus, "e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós." Tiago 4:7, 8. "Que se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. Olhe para Jesus em todas as ocasiões e em todos os lugares, oferecendo humildemente uma oração silenciosa, pedindo para saber como fazer Sua vontade. Assim, vindo o inimigo de forma inesperada, o Espírito do Senhor erguerá contra ele o Seu escudo para proteger você. Quando estiver quase no limite, a ponto de perder a paciência e o autocontrole, a ser duro e acusador, crítico e denunciador, eis o momento para enviar ao Céu a oração: "Ajuda-me, ó Deus, a resistir à tentação, a expulsar do coração todo amargor, e ira e maledicência. Dá-me Tua mansidão, Tua humildade, Tua longanimidade e Teu amor. Não me deixes desonrar a meu Redentor, falsear as palavras e os motivos de minha esposa, de meus filhos e de meus irmãos e irmãs na fé. Ajuda-me para que eu possa ser bondoso, misericordioso, brando e perdoador. Ajuda-me a ser um verdadeiro laço de união no meu lar e a representar a outros o caráter de Cristo." 12 Autoridade com humildade FC 99 2 Não é evidência de poder demorar-se o esposo constantemente no fato de ser a cabeça da família. Não lhe acrescenta respeito ficar citando as Escrituras a fim de sustentar seus reclamos de autoridade. Ele não se faz mais homem por exigir de sua esposa, a mãe de seus filhos, que aceite os seus planos como se eles fossem infalíveis. O Senhor constituiu o marido como cabeça da mulher, para ser-lhe protetor, o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma que Cristo é a cabeça da igreja, e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que alega amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão; assim exerça o esposo seu poder e imite o verdadeiro Cabeça da igreja.13 ------------------------Capítulo 20 -- Posição e responsabilidades da mãe Igualdade com o marido FC 101 1 A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome, mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer, com segurança, que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor.1 FC 101 2 A esposa e mãe não deve sacrificar sua força e permitir que fiquem inativas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido -- deve estar ao seu lado, fiel no seu posto do dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os aspectos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal juiz da nação.2 A rainha do lar FC 101 3 O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Ela tem em seu poder o modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais elevada, imortal. Um anjo não desejaria missão mais elevada; pois, ao fazer sua obra, ela está servindo diretamente a Deus. Compreenda ela tão-somente o elevado caráter de sua tarefa, e isso lhe inspirará coragem. Aceite ela a dignidade de sua obra e tome toda a armadura de Deus, para que possa resistir a tentação de conformar-se aos padrões do mundo. Sua obra é para o tempo e a eternidade.3 FC 102 1 A mãe é a rainha do lar, e os filhos são seus súditos. Deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser a maior; sua palavra, lei. Se ela for cristã sob a direção de Deus se imporá ao respeito dos filhos.4 FC 102 2 Os filhos devem ser ensinados a considerar sua mãe, não como uma escrava cujo trabalho seja servi-los, mas como uma rainha que deve guiá-los e dirigi-los, ensinando a eles mandamento sobre mandamento, regra sobre regra.5 Comparação de valores FC 102 3 A mãe raramente aprecia sua própria obra, e freqüentemente se põe tão baixo na estima de seu trabalho que o considera como servidão doméstica. Ela vive na mesma rotina dia a dia, semana a semana, com nenhum resultado especialmente marcante. Ao fim do dia, não pode dizer quanta coisa terá realizado. Posta em contraste com as realizações do marido, ela sente que nada fez digno de nota. FC 102 4 O pai freqüentemente chega com um ar satisfeito e orgulhosamente passa em revista o que realizou durante o dia. Suas observações mostram que ele, agora, espera ser servido pela mãe, pois ela não fez muito exceto cuidar dos filhos, preparar o alimento e manter a casa em ordem. Ela não fez trabalho produtivo, não comprou nem vendeu; não fez trabalho de agricultor, no preparo do solo; não trabalhou em mecânica -- logo não pode estar cansada. Ele critica, censura e impõe, como se fora o senhor da criação. E isso é o mais difícil para a esposa e mãe, porque ela de fato se cansou muito em seu posto de dever durante o dia, e no entanto não pode ver o que fez e está realmente fatigada. FC 103 1 Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora, ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade.6 Trabalho indicado por Deus FC 103 2 Que cada mãe compreenda quão grandes são os seus deveres e suas responsabilidades e quão grande será a recompensa da fidelidade.7 FC 103 3 A mãe que alegremente assume os deveres incluídos diretamente em seu caminho sentirá que a vida é preciosa, porque Deus lhe deu uma obra a realizar. Nessa obra ela não precisa necessariamente amesquinhar o espírito nem permitir que seu intelecto se debilite.8 FC 103 4 O trabalho da mãe é-lhe dado por Deus, para que crie os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. O amor e temor de Deus devem ser constantemente refletidos diante de seus filhos. Quando corrigidos, devem ser ensinados a compreender que são admoestados por Deus, que Ele não tem prazer no engano, na mentira e nas más ações. Assim, a mente dos pequenos pode estar tão associada com Deus que tudo que eles disserem e fizerem será em atenção a Sua glória; e no futuro eles não serão como arbustos ao vento, oscilando entre a inclinação e o dever. FC 103 5 Levá-los a Jesus não é tudo quanto se requer. ... Esses filhos devem ser educados e preparados para se tornarem discípulos de Cristo, a fim de que "nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio". Salmos 144:12. Essa obra de modelar, refinar e polir pertence às mães. O caráter da criança deve ser desenvolvido. A mãe deve gravar nas tábuas do coração lições perduráveis como a eternidade; e acarretará, sem dúvida, sobre si o desprazer do Senhor se negligenciar sua sagrada obra ou permitir que outros nela interfiram. ... A mãe cristã tem sua obra apontada por Deus, a qual não negligenciará se estiver intimamente associada com Deus e imbuída de Seu Espírito.9 Grande e nobre missão FC 104 1 Há oportunidades de inestimável valor, interesses infinitamente preciosos, confiados a toda a mãe. A humilde rotina dos deveres que as mulheres têm considerado como uma cansativa tarefa, deve ser encarada como obra grandiosa e nobre. É privilégio da mãe abençoar o mundo pela sua influência, e fazendo isso trará alegria ao próprio coração. Ela pode fazer retas veredas para os pés de seus filhos, através de claridade e sombra, em direção às alturas gloriosas do Céu. Mas, unicamente quando ela procura em sua vida seguir os ensinos de Cristo, é que a mãe pode esperar formar o caráter de seus filhos segundo o modelo divino.10 FC 104 2 Em meio a todas as atividades da vida, são os filhos o mais sagrado dever da mãe. Mas quantas vezes é esse dever posto de lado para que seja satisfeito algum desejo egoísta! Os pais estão encarregados dos interesses presentes e eternos de seus filhos. Devem sustentar as rédeas do governo e guiar sua casa para honra de Deus. A lei de Deus deve ser sua norma e o amor deve reger todas as coisas.11 Nenhuma obra é maior nem mais santa FC 104 3 Quando homens casados vão para o trabalho, deixando a esposa presidindo aos cuidados da casa, elas estão fazendo uma obra tão importante quanto a do marido. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra... é sagrada e importante. O marido, lá fora, pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas, se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome junto com o dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem.12 FC 104 4 A mãe é o instrumento de Deus para tornar cristã sua família. Ela deve ser o exemplo de religião bíblica, mostrando como sua influência deve nos controlar nas atividades e prazeres da vida diária, ensinando os filhos que somente pela graça podem ser salvos, através da fé, e que isso é um dom de Deus. Esse constante ensinamento do que Cristo é para nós e para eles, Seu amor, Sua bondade, Sua misericórdia, revelados no grande plano da redenção, fará sobre o coração impressão sagrada e santificada.13 FC 105 1 A educação dos filhos constitui parte importante do plano de Deus para demonstrar o poder do cristianismo. Uma solene responsabilidade repousa sobre os pais quanto a educar os filhos de modo que, quando saírem para o mundo, façam bem e não mal aos que com eles se associarem.14 Cooperadora do pastor FC 105 2 O pastor tem um tipo de atividade para realizar e a mãe tem outro. Ela deve levar os filhos a Jesus para que os abençoe. Deve estimar as palavras de Cristo e ensiná-las aos filhos. Desde o berço deve discipliná-los para que saibam controlar-se e sejam altruístas, para que adquiram hábitos de ordem e asseio. A mãe pode criar os filhos de molde a virem com o coração aberto e terno para ouvir as palavras dos servos de Deus. O Senhor tem necessidade de mães que, em todo setor de atividade no lar, desenvolvam os talentos que Deus lhes deu e preparem os filhos para a família do Céu. FC 105 3 O Senhor é servido mais, efetivamente mais, pelo fiel trabalho do lar do que por aquele que ensina a Palavra. Tanto quanto os mestres na escola, devem os pais e mães sentir que são educadores dos filhos.15 FC 105 4 A esfera de influência da mãe cristã não deve ser diminuída por sua vida doméstica. A salutar influência que ela exerce no círculo do lar pode e deve se refletir na sua vizinhança e na igreja de Deus. O lar não é uma prisão para a mãe e esposa devotada.16 Uma missão na vida FC 105 5 Que a mulher compreenda a santidade de sua obra e, na força e temor de Deus, assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos a fim de que sejam úteis neste mundo e estejam aptos para o mundo melhor. Falo às mães cristãs. Apelo para que sintam a responsabilidade como mães e vivam não para satisfazer a si mesmas, mas para a glória de Deus. Cristo não Se agradou a Si mesmo, mas tomou sobre Si a forma de servo.17 FC 106 1 O mundo está repleto de influências corruptoras. A moda e os costumes exercem forte poder sobre os jovens. Se a mãe falta em seu dever de instruir, guiar e corrigir, seus filhos naturalmente aceitarão o mal, e se desviarão do bem. Que toda mãe vá, muitas vezes, ao seu Salvador com a oração: "Ensina-nos, o que faremos pela criança?" Atenda ela à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e ser-lhe-á dada sabedoria conforme a necessitar.18 Esculpindo à semelhança da divindade FC 106 2 Existe um Deus em cima no Céu, e a luz e glória do Seu trono repousam sobre a fiel mãe enquanto ela se esforça por educar os filhos para que resistam à influência do mal. Nenhuma outra obra pode se comparar à sua em importância. Ela não tem, como o artista, de pintar na tela uma bela forma, nem, como o escultor, de cinzelá-la no mármore. Não tem, como o escritor, de expressar um nobre pensamento em eloqüentes palavras, nem, como o músico, de exprimir em melodia um belo sentimento. Cumpre-lhe, com o auxílio divino, gravar no ser humano a imagem de Deus. FC 106 3 A mãe que sabe apreciar isso há de considerar as oportunidades que se lhe oferecem como inestimáveis. Zelosamente, ela procurará, em seu próprio caráter e em seus métodos de educação, apresentar aos filhos o mais elevado ideal. Com zelo, paciência e ânimo, procurará desenvolver suas aptidões, de modo que empregue devidamente as mais altas faculdades de sua inteligência na educação dos filhos. Há de inquirir com sinceridade a cada passo: "Que disse Deus?" Estudará diligentemente Sua Palavra. Conservará os olhos fixos em Cristo, a fim de que sua vida diária, no humilde curso dos cuidados e deveres, seja um verdadeiro reflexo da única Vida verdadeira.19 Inscrita no livro da fama imortal FC 106 4 Abnegação e cruz são nossa porção. Estamos dispostos a aceitar? Nenhum de nós deve esperar que, quando as últimas grandes provas nos sobrevierem, desenvolvamos, então, num momento, por causa de nossa necessidade, um espírito de renúncia e dedicação completa. Não, absolutamente. Esse espírito tem de ser desenvolvido com as nossas experiências diárias, e incutido no espírito e coração de nossos filhos, tanto pelo ensino como pelo exemplo. As mães de Israel podem não ser elas mesmas guerreiras, mas poderão suscitar guerreiros que hão de utilizar toda a armadura e ganhar corajosamente as batalhas do Senhor.20 FC 107 1 Mães, em grande medida o destino de seus filhos está em suas mãos. Se falharem como mães, poderão levá-los para as fileiras do inimigo, tornando-os seus instrumentos na ruína das pessoas; mas através de piedoso exemplo e fiel disciplina poderão levá-los a Cristo e torná-los instrumentos em Suas mãos para a salvação de muitos.21 FC 107 2 Seu trabalho [das mães cristãs], se feito fielmente em Deus, será imortalizado. Os cultores da moda jamais verão ou compreenderão a beleza imortal da obra da mãe cristã, e escarnecerão de suas idéias arcaicas e de suas vestimentas simples e sem adornos, enquanto a Majestade do Céu escreverá o nome dessa fiel mãe no livro da fama imortal.22 Oportunidade única FC 107 3 Toda a vida posterior de Moisés, a grande missão que ele cumpriu como líder de Israel, testificam da importância da obra de uma mãe cristã. Não há outro trabalho que possa igualar a esse. ... Os pais deveriam dirigir a instrução e ensino de seus filhos, enquanto muito pequenos, com o objetivo de poderem eles ser cristãos. Os filhos são postos sob o nosso cuidado para serem ensinados, não como herdeiros do trono de um reino terrestre, mas como reis para Deus, a fim de reinarem pelos séculos eternos. FC 107 4 Que toda mãe sinta ser única a sua oportunidade; sua obra será provada no dia solene do ajuste de contas. Ficará claro, então que muitos dos fracassos e crimes de homens e mulheres resultaram da ignorância ou negligência daquelas cujo dever era guiar seus pés infantis no caminho direito. Será achado, então, que muitos que têm abençoado o mundo com a luz da inteligência, da verdade ou da santidade, devem os princípios fundamentais de sua influência e êxito a uma mãe cristã que orava.23 ------------------------Capítulo 21 -- O primeiro dever da mãe Possibilidades de uma criança bem-educada FC 109 1 Deus vê todas as possibilidades nesse pedacinho de gente. Ele sabe que, com a devida educação, a criança se tornará uma força para o bem no mundo. Ele observa com ansioso interesse para ver se os pais executarão Seu plano ou se, por exagerada bondade, destruirão Seu propósito, mostrando para com a criança indulgência que gerará sua ruína presente e eterna. Transformar um ser aparentemente insignificante e desvalido numa bênção para o mundo e uma honra para Deus é grande, elevada obra. Não devem os pais permitir que nada se interponha entre eles e suas obrigações para com os filhos.1 Uma obra para Deus e a pátria FC 109 2 Os que guardam a lei de Deus olham para os filhos com indefiníveis sentimentos de esperança e temor, interrogando-se a si mesmos quanto a que parte desempenharão no grande conflito que está precisamente diante deles. A mãe ansiosa interroga: "Que posição tomarão eles? Que posso fazer para prepará-los a fim de que desempenhem sua parte, de maneira que sejam recipientes de eterna glória?" Grandes responsabilidades repousam sobre as mães. Embora não possam ter posição em concílios nacionais... podem fazer uma grande obra para Deus e para seu país. Podem educar os filhos. Devem ajudá-los a desenvolver um caráter que não seja inclinado nem influenciado para fazer o mal e ainda leve outros a fazer o que é certo. Por suas fervorosas orações de fé podem mover o braço que move o mundo.2 FC 110 1 É na infância e na adolescência que deve ser dada a educação. As crianças devem ser preparadas para ser úteis. Devem ser ensinadas a fazer o que seja necessário no lar; e os pais devem tornar essas tarefas tão agradáveis quanto possível mediante palavras bondosas de instrução e reforço.3 Negligenciada por muitos FC 110 2 Apesar do alardeado progresso nos métodos educacionais, na atualidade o ensino das crianças é tristemente deficiente. É a educação do lar que é negligenciada. Os pais, e especialmente as mães, não sentem sua responsabilidade. Não possuem nem a paciência para instruir nem a sabedoria para controlar os pequenos confiados a sua guarda.4 FC 110 3 Infelizmente, é verdade que as mães não estão firmes em seu posto de dever, fiéis à sua posição de mães. Deus não exige de nós nada que não possamos em Sua força realizar, nada que não seja para o nosso próprio bem e o bem de nossos filhos.5 Buscar auxílio divino FC 110 4 Se as mães tão-somente sentissem a importância de sua missão, se dedicariam muito à oração secreta, apresentando seus filhos a Jesus, implorando sobre eles Suas bênçãos e suplicando sabedoria para desincumbir-se adequadamente de seus sagrados deveres. Aproveite a mãe toda oportunidade para ajustar e moldar a disposição e hábitos de seus filhos. Vigie ela cuidadosamente o desenvolvimento do caráter, reprimindo traços que são demasiado proeminentes e encorajando os que são deficientes. Faça ela de sua própria vida um puro e nobre exemplo para seu precioso rebanho. FC 110 5 A mãe deve assumir sua obra com coragem e energia, confiando sempre no divino auxílio em todos os seus esforços. Jamais deve descansar satisfeita até que veja em seus filhos uma gradual elevação de caráter, até que eles tenham na vida um objetivo mais alto que meramente buscar a própria satisfação.6 FC 111 1 É impossível calcular o poder da influência de uma mãe que ora. Ela reconhece Deus em todos os seus caminhos. Leva seus filhos ante o trono de graça e os apresenta a Jesus, suplicando sobre eles Suas bênçãos. A influência dessas orações é, para esses filhos, como "fonte de vida". Essas orações, oferecidas em fé, são o sustento e a força da mãe cristã. Negligenciar o dever da oração com nossos filhos é perder uma das maiores bênçãos ao nosso alcance, um dos maiores auxílios em meio às dificuldades, cuidados e fardos de nossa suprema tarefa.7 FC 111 2 O poder das orações de uma mãe não pode ser demasiadamente estimado. Aquela que se ajoelha ao lado do filho ou filha, em suas dificuldades da infância, nos perigos de sua adolescência, não saberá senão no juízo a influência de suas orações sobre a vida dos filhos. Se ela estiver, pela fé, associada ao Filho de Deus, sua terna mão da mãe poderá afastar o filho do poder da tentação, poderá conter a filha de cair em pecado. Quando a paixão estiver lutando para dominar, o poder do amor, a influência restritora, fervorosa e determinada da mãe poderá fazer pender a balança para o lado do direito.8 Quando visitas interrompem FC 111 3 Você deve tomar tempo para falar e orar com seus pequenos, e não deve permitir que nada interrompa essa ocasião de comunhão com Deus e com seus filhos. Poderá até dizer às visitas: "Deus me deu uma obra a fazer, e não disponho de tempo para tagarelar." É necessário que você compreenda que tem uma obra a fazer para o tempo e a eternidade. Sua primeira obrigação é para com os filhos.9 FC 111 4 Antes das visitas, antes de qualquer outra consideração, estão nossos filhos. ... O cuidado devido a nossos filhos em seus primeiros anos não admite negligência. Não há na vida deles tempo em que essa regra possa ser esquecida.10 FC 111 5 Não coloque os filhos porta fora para que possa fazer sala às visitas, mas ensine-os a se portarem em silêncio e respeito na presença das visitas.11 Modelos de bondade e nobreza FC 112 1 Mães, prezem seus preciosos momentos. Lembrem-se de que seus filhos talvez estejam passando para além do alcance de sua educação e influência. Vocês devem ser para eles o modelo de tudo que é bom, puro e nobre. É preciso haver uma identidade de interesses.12 FC 112 2 Se em tudo o mais falharem, sejam completas e eficientes, pelo menos neste ponto. Se seus filhos saírem da instrução do lar puros e virtuosos, se preencherem o menor, o mais humilde lugar no grande plano de Deus em fazer bem ao mundo, jamais se poderá considerar um fracasso a sua vida e jamais será ela lembrada com remorso.13 FC 112 3 As crianças são para a mãe um espelho em que ela pode ver refletidos seus hábitos e comportamento. Quão cuidadosa, então, deve ser a linguagem, bem como seu comportamento, na presença desses pequenos aprendizes! Os traços de caráter que ela deseja ver desenvolvidos neles, deve cultivá-los em si mesma.14 Alvo mais elevado FC 112 4 A mãe não deve ser governada pelas opiniões do mundo, nem se esforçar por alcançar suas normas. Ela deve decidir por si mesma o grande fim e objetivo da vida e, então, empregar todos os seus esforços para alcançar essa meta. Ela pode, por falta de tempo, negligenciar muita coisa em relação a sua casa, sem más conseqüências sérias; mas não pode impunemente negligenciar a necessária disciplina de seus filhos. O caráter imperfeito deles será prova da sua infidelidade. O mal que ela permitir passar sem correção, as maneiras rudes e descorteses, o desrespeito e a desobediência, os hábitos de indolência e desatenção, resultarão em desonra sobre ela e lhe amargurarão a vida. Mães, o destino de seus filhos está em grande medida em suas mãos. Se vocês falharem no cumprimento do dever, poderão colocá-los nas fileiras de Satanás, tornando-os seus agentes na ruína de outras pessoas. Por outro lado, sua fiel disciplina e piedoso exemplo pode levá-los a Cristo, e eles acabarão por influenciar outros, e assim muitos serão salvos a partir da sua atuação.15 Cultivar o bem; reprimir o mal FC 113 1 Os pais devem cooperar com Deus, para que seus filhos O amem e temam. Não podem desgostá-Lo mais do que pelo negligenciar a correta educação dos filhos. ... Devem vigiar cuidadosamente as palavras e ações de seus pequenos, se não querem que o inimigo exerça influência sobre eles. Isso ele está intensamente desejoso de fazer, a fim de poder contrariar o propósito de Deus. Bondosa, interessada e ternamente, devem os pais trabalhar por seus filhos, cultivando todo bom traço e reprimindo cada traço mau que se desenvolve no caráter de seus pequenos.16 A recompensa FC 113 2 Os filhos são a herança do Senhor e somos responsáveis diante de Deus pela administração de Sua propriedade. ... A educação e instrução dos filhos para serem cristãos é o mais elevado serviço que os pais podem prestar a Deus. É uma tarefa que requer paciente labor -- esforço de toda a vida, diligente e perseverante. Pela negligência desse trabalho a nós confiado provamo-nos mordomos infiéis. ... FC 113 3 Atuem os pais em favor da família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isaías 8:18.17 ------------------------Capítulo 22 -- Auxiliadores da mãe Filhos participantes FC 114 1 Tanto as crianças como os pais têm importantes deveres a cumprir no lar. Deve ser-lhes ensinado que eles constituem uma parte da organização do lar. São alimentados, vestidos, amados e cuidados; e devem corresponder a esses muitos favores assumindo a parte que lhes cabe nas responsabilidades do lar, e trazendo toda felicidade possível à família da qual são membros.1 FC 114 2 Ensine cada mãe a seus filhos que eles fazem parte de sua família e devem desempenhar suas responsabilidades nessa sociedade. Cada membro da família deve assumir seus encargos tão fielmente como os membros da igreja levam as responsabilidades em relação à igreja. FC 114 3 Sejam os filhos informados de que estão ajudando ao papai e mamãe ao darem pequenos recados. Eles devem ter algum trabalho para fazer, antes que ganhem tempo para brincar.2 FC 114 4 As crianças têm a mente ativa, e precisam ser empregadas para que ergam os fardos da vida prática... Jamais devem ser deixadas a escolher sua ocupação. Devem os pais controlar essa questão.3 Pais e filhos têm obrigações FC 114 5 Os pais têm a obrigação de alimentar, vestir e educar seus filhos, e estes de servir a seus pais com alegria e fidelidade. Quando os filhos deixam de sentir a obrigação de partilhar com seus pais trabalhos e encargos, como se sentiriam, então, se seus pais deixassem de sentir sua obrigação de cuidar deles? Deixando de cumprir os deveres que recaem sobre eles de serem úteis a seus pais, de aliviar-lhes as cargas fazendo o pode ser desagradável e trabalhoso, os filhos perdem a oportunidade de obter a mais valiosa educação que os capacitaria para ter sucesso na vida.4 FC 115 1 Deus deseja que os filhos de todos os crentes sejam ensinados, desde os mais tenros anos, a partilhar dos trabalhos que os pais têm no cuidado por eles. É-lhes dada no lar uma parte para seu dormitório e o direito a um lugar à mesa da família. Deus exige que os pais alimentem e vistam seus filhos. Mas as obrigações entre pais e filhos são mútuas. De sua parte é requerido dos filhos que respeitem e honrem seus pais.5 FC 115 2 Não devem os pais ser escravos dos filhos, fazendo todo o sacrifício, enquanto se permite aos filhos que cresçam livres de cuidados e preocupações, deixando todos os encargos repousarem sobre os pais.6 Indolência pela bondade irrazoável FC 115 3 Os filhos devem ser ensinados muito cedo a ser úteis, a servir a si mesmos e aos outros. Muitas filhas conseguem, sem dor na consciência, ver sua mãe trabalhando, cozinhando, lavando ou passando roupas, enquanto elas se assentam na sala de visitas e lêem histórias, fazem tricô, bordados, etc. Elas têm o coração insensível como uma pedra. FC 115 4 Mas, de onde se origina o erro? Quem são, em geral, os maiores culpados disso? Os pobres e enganados pais. Passam por alto o bem futuro de seus filhos e, em sua errônea compaixão, deixam-nos assentados em indolência ou se lhes permite fazer coisas de pouca importância, que não exigem exercício da mente nem dos músculos, e desculpam suas filhas indolentes alegando que são frágeis. Que as tornou fracas? Em muitos casos, tem sido o errôneo procedimento dos pais. Uma porção razoável de exercício ao redor da casa ajudaria tanto o corpo como a mente. Mas as crianças são privadas disso em virtude de falsas idéias, até que tomam aversão pelo trabalho.7 FC 116 1 Se seus filhos não forem acostumados a trabalhar, logo estarão cansados. Queixar-se-ão de dor no lado, nos ombros, membros cansados; e vocês correrão o risco de, por dó, fazer vocês mesmos o trabalho em vez de permitir que sofram um pouco. Seja o trabalho das crianças muito leve de início, aumentando-se cada dia um pouco, até que possam fazer uma soma razoável de trabalho sem se cansarem.8 Perigos da indolência FC 116 2 Foi-me mostrado que muito pecado é resultado da preguiça. Mãos e mentes ativas não acham tempo para dar ouvidos a toda tentação sugerida pelo inimigo; mãos e cérebros ociosos, porém, estão sempre em condições de ser controlados por Satanás. Quando não devidamente ocupada, a mente demora-se em coisas impróprias. Os pais devem ensinar a seus filhos que a ociosidade é pecado.9 FC 116 3 Nada há que mais conduz seguramente ao mal do que levar todas as cargas dos filhos, deixando-lhes a vida sem objetivo, na indolência, sem nada fazer, ou ocupando-se com o que lhes aprouver. As crianças têm a mente ativa e, se não a ocuparem com o que é bom e útil, farão inevitavelmente o que é mau. Embora seja justo e necessário que tenham recreação, devem ser ensinados a trabalhar, devem ter horas regulares de trabalho físico bem como para leitura e estudo. Cuide para que tenham ocupação de trabalho proporcional à sua idade, e sejam supridos com livros úteis e interessantes.10 Ocupação útil FC 116 4 Uma das mais seguras salvaguardas para a juventude é a ocupação útil. Tivessem os jovens sido educados em hábitos produtivos, de maneira que todas as suas horas fossem utilmente empregadas, e não teriam tempo para lamentar sua sorte nem para sonhos inúteis. Estariam em pouco perigo de formar hábitos ou associações viciosas.11 FC 116 5 Se os pais estão tão ocupados com outras coisas que não podem manter os filhos convenientemente empregados, Satanás os manterá ocupados.12 Aprender a levar as cargas FC 117 1 Os pais devem despertar para o fato de que a mais importante lição para seus filhos é a de que devem aprender a desempenhar sua parte na condução das tarefas do lar. ... Os pais devem ensinar seus filhos a ter um ponto de vista prático da vida, compreendendo que devem ser úteis no mundo. No lar, sob a supervisão da mãe sábia, meninos e meninas devem receber sua primeira instrução quanto a assumir os encargos da vida.13 FC 117 2 A educação da criança para o bem ou para o mal começa nos primeiros anos. ... Quando os mais velhos se tornam maiores, devem ajudar a cuidar dos membros mais jovens da família. A mãe não deve cansar-se fazendo o trabalho que os filhos podem e devem fazer.14 Tomar parte nas tarefas FC 117 3 Os pais devem ajudar seus filhos a fazer a vontade de Deus mostrando-se fiéis no cumprimento dos deveres que de fato lhes pertencem como membros da família. Isso lhes dará a mais valiosa experiência. Ensinar-lhes-á que não devem centralizar o pensamento em si mesmos, que não devem fazer o que só a eles dá prazer. Pacientemente, devem ser educados para que aprendam a desempenhar sua parte no círculo da família, a tornar um sucesso seus esforços de participar dos encargos da mãe e do pai, dos irmãos e das irmãs. Assim, terão satisfação em saber que são realmente úteis.15 FC 117 4 As crianças podem ser educadas para se tornarem prestativas. Elas são, por natureza, ativas e inclinadas a participar; e essa atividade é possível ser treinada e dirigida no rumo certo. Os filhos devem, quando jovens, ser ensinados a levar diariamente suas pequenas cargas, tendo cada um alguma tarefa particular para realizar, da qual seja responsável diante de seu pai ou tutor. Aprenderão assim a levar o jugo do dever desde cedo; e o desempenho de suas pequenas tarefas se tornará um prazer, dando-lhes felicidade que só é alcançada pelo fazer o bem. Irão se acostumar ao trabalho e responsabilidade, e encontrarão prazer em realizar o que é necessário, compreendendo que a vida lhes oferece mais importantes ocupações que os divertimentos em si. ... FC 118 1 O trabalho é bom para as crianças; elas ficam mais felizes se utilmente empregadas grande parte do tempo; seus inocentes divertimentos são desfrutados com maior prazer depois de haverem desempenhado com sucesso suas tarefas. O trabalho fortalece tanto os músculos como a mente. As mães podem fazer de seus filhos preciosos ajudadores; e, no mesmo passo em que são ensinados a ser úteis, podem elas mesmas alcançar conhecimento da natureza humana e como tratar com esses jovens e imaturos seres e conservar o coração aquecido e jovem pelo contato com esses pequenos. E como seus filhos olham para ela em confiança e amor, podem olhar para o querido Salvador em busca de auxílio e direção. Crianças convenientemente educadas, ao avançarem em idade aprendem a amar essa espécie de trabalho que torna mais leve a carga de seus amigos.16 Equilíbrio mental FC 118 2 No cumprimento de sua parte das tarefas, podem melhorar a memória e alcançar o correto equilíbrio do espírito, bem como estabilidade de caráter e diligência. O dia, com sua rotina de pequenos deveres, demanda reflexão, cálculo e planejamento de ação. Tornando-se os filhos mais velhos, mais ainda deve ser exigido deles. Não se lhes imponha tarefa exaustiva, nem seu trabalho deve ser prolongado de modo que se afadiguem e desanimem; mas deve ser cuidadosamente selecionado tendo em vista o desenvolvimento físico mais desejável e o cultivo apropriado da mente e do caráter.17 Obreiros da terra e os do céu FC 118 3 Se as crianças fossem ensinadas a considerar a humilde rotina dos deveres diários como o caminho a elas indicado pelo Senhor, como uma escola na qual devem ser preparadas para a realização de um serviço fiel e eficiente, quão mais agradável e honroso lhes pareceria o seu trabalho! Cumprir todo dever como sendo ao Senhor, lança um encanto ao redor da mais humilde ocupação, ligando os obreiros na Terra com os seres santos que cumprem a vontade de Deus no Céu.18 FC 119 1 Trabalho é constantemente feito no Céu. Ali não há indolência. "Meu Pai trabalha até agora", disse Cristo, "e Eu trabalho também." João 5:17. Não podemos supor que, quando vier o triunfo final, e tivermos as mansões para nós preparadas, que a indolência será nossa porção, e que viveremos num feliz estado de nada fazer.19 Fortalece os laços domésticos FC 119 2 Na educação doméstica dos jovens, o princípio da cooperação é inestimável. ... Os mais idosos devem ser os ajudantes dos pais, tomando parte em seus planos, e partilhando de suas responsabilidades e encargos. Tomem os pais e as mães tempo para ensinar os filhos, mostrem que apreciam o auxílio deles, desejam sua confiança e gostam de sua companhia; e as crianças não serão tardias em corresponder. Não somente isso suavizará o encargo dos pais, e receberão as crianças um ensino prático de valor inestimável, mas também haverá fortalecimento dos laços domésticos e consolidação dos próprios fundamentos do caráter.20 Crescimento mental, moral e espiritual FC 119 3 As crianças e os jovens devem achar prazer em tornar mais leves as obrigações do pai e da mãe, demonstrando abnegado interesse no lar. Ao suportarem com alegria a parte das responsabilidades que lhes pesa sobre os ombros, estão recebendo instrução para se tornarem aptos para posições de confiança e utilidade. Cada ano, devem fazer progressos, trocando gradual mas seguramente sua conduta de meninos e meninas pela de verdadeiros homens e mulheres. No fiel desempenho de simples deveres do lar, os rapazes e as meninas lançam os alicerces da excelência mental, moral e espiritual.21 Saúde ao corpo e paz de espírito FC 119 4 Com certeza, a aprovação de Deus repousa com amável confiança sobre as crianças e jovens que desempenham alegremente sua parte nos deveres da família, partilhando as responsabilidades do pai e da mãe. Serão recompensados com saúde do corpo e paz de espírito; e fruirão o prazer de ver os pais tomarem parte nos entretenimentos sociais e nas saudáveis recreações, prolongando assim a existência. Os filhos exercitados para os práticos deveres da vida, sairão de casa para ser membros úteis da sociedade, com educação muito superior à que se adquire confinado em uma sala de aulas em tenra idade, quando nem a mente nem o corpo estão suficientemente fortes para resistir à tensão.22 FC 120 1 Em alguns casos, seria melhor que as crianças tivessem menos trabalho na escola e mais preparo para a realização de tarefas domésticas. Sobretudo deviam ser ensinadas a ser solícitas e prestativas. Muita coisa a ser aprendida dos livros é de muito menos importância do que as lições de atividade prática e disciplina.23 Sono reparador FC 120 2 As mães devem levar consigo as filhas para a cozinha, e ensiná-las pacientemente. Sua constituição ficará melhor por fazer esse trabalho; seus músculos adquirirão vigor e resistência, e serão mais saudáveis suas meditações, e mais elevadas, quando chegar o fim do dia. Talvez se achem fatigadas, mas quão doce é o repouso depois de uma justa medida de trabalho! O sono, o suave restaurador da natureza, revigora o corpo fatigado e prepara-o para os deveres do dia seguinte. Não demos a entender a nossos filhos que não importa se eles trabalham ou não. Ensinemos-lhes que seu auxílio é necessário, seu tempo é valioso, e que contamos com seus serviços.24 FC 120 3 É um pecado deixar que as crianças cresçam indolentes. Exercitem elas seus membros e músculos, mesmo que os cansem. Se não são ativados, como pode a fadiga fazer-lhes mais dano a elas do que a vocês? Há uma evidente diferença entre cansaço e exaustão. As crianças necessitam de mais freqüente mudança de atividade e intervalos de repouso que as pessoas adultas; mas mesmo quando ainda bem jovens, devem começar a aprender a trabalhar, e se sentirão felizes com o pensamento de que estão sendo úteis. Seu sono será mais tranquilo após saudável atividade, e se sentirão refeitas para o próximo dia de trabalho.25 Nunca dizer: "meus filhos me atrapalham" FC 121 1 "Oh", dizem algumas mães, "meus filhos me atrapalham quando procuram ajudar-me." Assim faziam os meus, mas você acha que eu permitia que eles o soubessem? É necessário elogiar os filhos. Ensiná-los, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Isso é melhor que ler romances, que fazer visitas, que seguir as modas do mundo.26 Contemplando o modelo FC 121 2 Por algum tempo, a Majestade do Céu, o Rei da glória, foi apenas uma criança em Belém, e não podia representar mais que uma criança nos braços de Sua mãe. Na infância, Ele não podia fazer senão a obra de uma criança obediente, cumprindo os desejos de Seus pais, fazendo aquelas tarefas compatíveis com Sua habilidade de criança. Isso é tudo que às crianças compete fazer, e devem ser educadas e instruídas para que possam seguir o exemplo de Cristo. Jesus agiu de tal maneira que abençoou a família da qual participava, pois sujeitou-Se a Seus pais e assim fez obra missionária em Sua vida no lar. Está escrito: "E o menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Lucas 2:40. "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." Lucas 2:52.27 FC 121 3 É o precioso privilégio dos pais e dos mestres cooperar em ensinar as crianças como participar do contentamento da vida de Cristo mediante o aprender a seguir Seu exemplo. Os primeiros anos do Salvador foram de desenvolvimento prático. Ele era um colaborador de Sua mãe no lar; e estava tão certamente cumprindo Sua missão ao desempenhar as tarefas domésticas e trabalhar na bancada de carpinteiro como quando empenhado em Seu ministério público.28 FC 121 4 Em Sua vida terrestre, Cristo foi exemplo a toda a família humana, e era obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro, e trabalhava com as próprias mãos na oficina de Nazaré. ... Enquanto Ele trabalhava, na infância e juventude, também desenvolvia a mente e o corpo. Não gastava negligentemente as energias físicas, mas de maneira a conservá-las sãs, para que fizesse, em todos os sentidos, o melhor trabalho.29 ------------------------Capítulo 23 -- Como manter os filhos na igreja Definida a religião em família FC 123 1 Religião em família consiste em criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Cada membro na família deve ser nutrido pelas lições de Cristo, e o interesse de cada pessoa deve ser estritamente preservado, a fim de que Satanás não a engane e a afaste com seduções para longe de Cristo. Essa é a norma que cada membro da família deve ter em vista alcançar, e devem todos estar determinados a não fracassar nem se desanimar. Quando os pais são diligentes e vigilantes em sua instrução, e educam os filhos tendo em vista a glória de Deus, cooperam com Deus, e Deus coopera com eles na salvação das crianças por quem Cristo morreu.1 FC 123 2 Educação religiosa significa muito mais que instrução comum. Significa que devemos orar com nossos filhos, ensinando-lhes como se aproximar de Jesus e contar-Lhe todas as suas necessidades. Significa ainda que devemos mostrar em nossa vida que Jesus é tudo para nós, que Seu amor nos torna pacientes, bondosos, perdoadores, e ainda firmes ao educar nossos filhos, como o fez Abraão.2 FC 123 3 Exatamente como nos conduzimos em nossa vida no lar, somos registrados nos livros do Céu. Aquele que espera tornar-se um santo no Céu, deve primeiro tornar-se santo em sua própria família. Se os pais e as mães são fiéis cristãos em família, serão membros atuantes da igreja e aí capazes de conduzir as atividades, bem como na sociedade, de igual maneira como conduzem o que concerne à família. Pais, não permitam que sua religião seja simplesmente uma teoria, mas sim uma realidade.3 Como parte da educação FC 124 1 A religião no lar é terrivelmente negligenciada. Homens e mulheres demonstram o maior interesse pelas missões estrangeiras, dão liberalmente para esse fim e procuram satisfazer sua consciência na suposição de que, dando para a causa de Deus, compensam sua negligência de dar um exemplo correto no lar. Mas o lar é seu campo especial, e nenhuma desculpa é aceita por Deus pela negligência nessa área.4 FC 124 2 No lar em que a religião é coisa prática, grande bem é realizado. A religião levará os pais a fazer exatamente a obra que Deus lhes designou que fizessem no lar. Os filhos serão criados no temor e admoestação do Senhor.5 FC 124 3 A razão por que os jovens do presente não mais são inclinados para a religião é que sua educação é defeituosa. Não se exerce para com os filhos verdadeiro amor quando se lhes permite tolerar paixões ou quando a desobediência a suas determinações é deixada sem punição. Quando a haste é torta, a árvore cresce inclinada.6 FC 124 4 Se se espera que a religião influencie a sociedade, ela deve influenciar primeiro o lar. Se os filhos forem ensinados no lar a amar a Deus e a temê-Lo, quando saírem para o mundo, estarão preparados para educar suas próprias famílias para Deus, e assim o princípio da verdade será implantado na sociedade e exercerá influência marcante no mundo. A religião não deve estar divorciada da educação do lar.7 A religião no lar precede a religião na igreja FC 124 5 No lar é posto o fundamento da prosperidade da igreja. As influências que regem a vida no lar são levadas para a vida da igreja; portanto os deveres religiosos devem começar no lar.8 FC 124 6 Quando tivermos bons lares religiosos teremos melhores reuniões religiosas. Sustentemos a fortaleza do lar. Consagremos nossa família a Deus, e então poderemos falar e agir em casa como cristãos. Sejamos bondosos, longânimos e pacientes no lar, sabendo que nele somos professores. Cada mãe é uma mestra, e toda mãe deve ser aluna da escola de Cristo, a fim de poder saber como ensinar e poder dar a moldagem correta e a correta forma de caráter a seus filhos.9 FC 125 1 Quando há falta de religião no lar, de nada vale a profissão de fé. ... Muitos estão enganando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado na vinda de Cristo, mas não haverá conversão de coração na ocasião de Seu aparecimento. Temos que nos arrepender de nossos defeitos de caráter aqui e, pela graça de Cristo, precisamos vencê-los enquanto durar a graça. Este é o lugar para nos prepararmos para a família do Alto.10 FC 125 2 É grandemente necessária a religião no lar, e nossas palavras aí devem ser de um justo caráter, ou nosso testemunho na igreja de nada valerá. A menos que manifestemos mansidão, bondade e cortesia no lar, nossa religião será inútil. Se houvesse mais genuína religião doméstica, mais poder haveria na igreja.11 Não procrastinar a instrução religiosa FC 125 3 É coisa muito grave deixar que os filhos cresçam sem o conhecimento de Deus.12 FC 125 4 Os pais cometem um terrível erro quando negligenciam a obra de dar a seus filhos instrução religiosa, pensando que tudo resultará bem no futuro, e que, ao se tornarem mais velhos, estarão ansiosos por uma experiência religiosa. Não vêem os pais que, se não plantarem a preciosa semente da verdade, do amor, de atributos celestiais, no coração, Satanás semeará o campo do coração com joio?13 FC 125 5 Muitas vezes é permitido às crianças crescer sem religião, porque os pais pensam que são demasiado jovens para ter sobre si deveres cristãos. ... FC 125 6 A questão de deveres dos filhos no que respeita a matéria religiosa deve ser decidida de maneira absoluta e sem hesitação enquanto são membros da família.14 FC 125 7 Os pais estão no lugar de Deus em relação aos filhos a fim de dizer-lhes o que devem e o que não devem fazer, com firmeza e perfeito domínio próprio. Todo esforço por eles feito com bondade e domínio próprio cultivará em seu caráter os elementos de firmeza e decisão. ... Pais e mães estão presos ao dever de resolver essa questão bastante cedo para que a criança não pense em quebrar o sábado, em negligenciar o culto e a oração em família mais do que pensaria em roubar. Os pais devem, com as próprias mãos, construir a barreira.15 FC 126 1 Desde a mais tenra idade uma educação sábia nos moldes cristãos deve começar a ser levada avante. Quando o coração das crianças é susceptível de impressão, deve-se-lhes ensinar sobre as realidades eternas. Os pais devem lembrar que estão vivendo, falando e agindo na presença de Deus.16 FC 126 2 Pais, que procedimento estão adotando? Estão agindo com base no pensamento de que em assuntos religiosos devem os filhos ser deixados livres de qualquer restrição? Estão deixando-os sem conselho ou admoestação através da infância e adolescência? Estão permitindo que façam o que bem lhes apraz? Se acontece, estão negligenciando as responsabilidades que Deus lhes deu.17 Adaptar a instrução à idade FC 126 3 Tão logo sejam os pequenos capazes de compreender, devem os pais contar-lhes a história de Jesus, a fim de que bebam nas preciosas verdades concernentes à Criança de Belém. Necessitam imprimir na mente das crianças sentimentos de singela piedade adaptados aos seus anos e possibilidades. Levem seus filhos em oração a Jesus, pois Ele lhes tem tornado possível o aprendizado da religião, desde o momento em que aprenderam os rudimentos da linguagem falada.18 FC 126 4 Quando bem novos, os filhos são suscetíveis às divinas influências. O Senhor toma essas crianças sob Seu especial cuidado e, quando são criadas na doutrina e admoestação do Senhor, tornam-se um auxílio e não um problema para os pais.19 Ensino religioso no lar FC 126 5 Pai e mãe são responsáveis pela manutenção da religião no lar.20 FC 126 6 Não acumule a mãe sobre si demasiados cuidados, de maneira que não possa dedicar tempo às necessidades espirituais de sua família. Que os pais busquem a orientação de Deus para realizar sua obra. Ajoelhados em Sua presença adquirirão verdadeira compreensão de suas grandes responsabilidades, e aí podem dedicar os filhos Àquele que jamais erra no conselho e instrução. ... FC 127 1 O pai de família não deve deixar para a mãe todo o cuidado na ministração de ensino espiritual. Essa grande obra deve ser feita pelo pai e pela mãe, e ambos devem desempenhar sua parte individual em preparar os filhos para o grande momento do juízo.21 FC 127 2 Pais, não deixem de incluir seus filhos nas atividades espirituais. Envolvam-nos com os braços da fé, e consagrem-nos a Cristo. Não permitam que coisa alguma os leve a recuar de sua responsabilidade de educá-los retamente; não consintam que nenhum interesse secular os induza a deixá-los para trás. Jamais permitam que sua vida cristã os isole de vocês. Levem-nos consigo ao Senhor; eduquem-lhes a mente para que se familiarizem com a divina verdade. Facilitem a amizade deles com os que amam a Deus. Levem-nos ao povo de Deus como crianças cujo caráter próprio para a eternidade estão ajudando a edificar.22 FC 127 3 A prática da religião no lar fará o trabalho que Deus deseja que seja feito em cada família. As crianças serão educadas na doutrina e admoestação do Senhor. Serão educadas e instruídas, não para ser apenas cidadãos, mas membros da família do Senhor.23 Vida coerente FC 127 4 Tudo deixa sua impressão na mente juvenil. A fisionomia é estudada, a voz tem sua influência, o comportamento é pelas crianças imitado bem de perto. Pais e mães irritadiços e impertinentes estão dando aos filhos lições que, algum dia, eles dariam o próprio mundo, se este lhes pertencesse, para desaprenderem. Os filhos precisam ver na vida dos pais aquela coerência que está em harmonia com sua fé. Ao revelar uma vida coerente e exercer domínio próprio, os pais podem modelar o caráter dos filhos.24 Família bem dirigida FC 127 5 Pais e mães que põem a Deus em primeiro lugar na família, ensinam os filhos a considerar o temor de Deus como o princípio da sabedoria, glorificam a Deus diante dos anjos e dos homens, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem educada -- uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela. Cristo não será um estranho numa família assim; Seu nome lhe será familiar e Ele será reverenciado e glorificado. Os anjos se deleitam numa família em que Deus reina soberano e os filhos são ensinados a honrar a religião, a Bíblia e o Criador. Essas famílias têm direito à promessa: "aos que Me honram, honrarei". 1 Samuel 2:30.25 Cristo introduzido no lar FC 128 1 Quando Cristo está no coração, é introduzido na família. Pai e mãe sentem a importância de viver em harmonia com o Espírito Santo, de maneira que os anjos celestiais, que ministram aos que hão de herdar a salvação, ministrarão para eles como mestres que são no lar, educando-os e preparando-os para a obra de ensinar os filhos. É possível ter no lar uma pequena igreja que honre e glorifique ao Redentor.26 Tornar atrativa a religião FC 128 2 Tornemos a vida cristã atrativa. Falemos do país onde os seguidores de Cristo irão fazer morada. Ao proceder assim, Deus guiará nossos filhos em toda a verdade, enchendo-os com o desejo de se prepararem para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam.27 FC 128 3 Não devem os pais compelir os filhos a ter uma religião formal, mas devem pôr diante deles os princípios eternos numa luz atrativa.28 FC 128 4 Os pais devem tornar a religião de Cristo atrativa pela alegria, pela cortesia cristã e por simpatia terna e compassiva; mas devem ser firmes em exigir respeito e obediência. Princípios retos devem ser estabelecidos no espírito da criança.29 FC 128 5 Precisamos apresentar aos jovens um incentivo para o reto proceder. Prata e ouro não são suficientes para isso. Revelemos-lhes o amor, misericórdia e graça de Cristo, a preciosidade de Sua Palavra, e a alegria de quem triunfa. Em esforços dessa natureza faremos uma obra que perdurará através da eternidade.30 Por que alguns pais falham FC 129 1 Alguns pais, embora professem ser religiosos, não põem diante dos filhos o fato de que Deus deve ser servido e obedecido, de que a conveniência, o prazer ou inclinação não devem interferir com o que Ele deles pede. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Salmos 111:10. Esse fato deve estar entretecido na própria vida e caráter. A correta concepção de Deus mediante o conhecimento de Cristo, que morreu para que pudéssemos ser salvos, deve ser impressa na mente deles.31 FC 129 2 Os pais podem pensar que não têm tempo para fazer tudo isso, mas devem tomar tempo para fazer sua obra na família, pois do contrário Satanás suprirá o que falta. Tiremos de nossa vida tudo que impede a execução dessa obra, e eduquemos nossos filhos segundo a ordem de Deus. Podemos até negligenciar algo de natureza temporal, ficar satisfeitos tendo que viver economicamente, restringindo algumas necessidades, mas pelo amor de Cristo jamais negligenciemos o ensino religioso nosso e de nossos filhos.32 Dedicados a Deus FC 129 3 As regras que Moisés deu concernentes à Páscoa são plenas de significado, e têm aplicação a pais e filhos nesta época em que vivemos. ... FC 129 4 O pai devia atuar como sacerdote da família e, se o pai fosse falecido, o filho mais velho devia realizar o solene ato de aspergir os umbrais da porta com o sangue. Esse é um símbolo da obra a ser feita em toda família. Devem os pais reunir os filhos no lar e apresentar Cristo diante deles como sua Páscoa. O pai deve dedicar cada membro da família a Deus e fazer a obra que é representada pela festa da Páscoa. É perigoso deixar esse solene encargo nas mãos de outros.33 FC 129 5 Decidam os pais cristãos que serão leais a Deus, e disponham-se a reunir os filhos no lar consigo e assinalem [simbolicamente] os umbrais com sangue, representando Cristo como o único que pode proteger e salvar, a fim de que o anjo destruidor passe por alto o feliz círculo da família. Que o mundo veja que uma influência mais que humana está em operação no lar. Mantenham os pais vital conexão com Deus, pondo-se do lado de Cristo, e mostrem por Sua graça que grande bem pode ser realizado por meio da ação paterna.34 ------------------------Capítulo 24 -- As portas que precisamos guardar Olhos, ouvido e voz FC 131 1 Deus deu aos homens olhos, para que vejam as maravilhas da Sua lei. Deu-lhes ouvidos, para que ouçam Sua mensagem, apresentada de viva voz pelo pregador. Deu aos homens o talento da fala, para que apresentem a Cristo como Salvador perdoador do pecado. Com o coração os homens crêem para a justiça, e com a boca fazem confissão para salvação.1 Como Satanás consegue entrada FC 131 2 Todos devem vigiar os sentidos, do contrário Satanás alcançará vitória sobre eles; pois essas são as avenidas da mente.2 FC 131 3 Você deve tornar-se fiel sentinela de seus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiser dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos manchem sua vida. Só o poder da graça pode realizar essa obra tão importante. Você é fraca nesse sentido.3 FC 131 4 Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões, ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida.4 FC 131 5 Meus irmãos, Deus os convida, como seguidores Seus, a que andem na luz. Importa que estejam vigilantes. Há pecado entre nós, e não é considerado excessivamente pecaminoso. Os sentidos de muitos se acham entorpecidos pela condescendência com o apetite e pela familiaridade com o pecado. Precisamos avançar para mais perto do Céu.5 A estratégia de Satanás FC 132 1 A obra de Satanás é levar as pessoas a ignorarem Deus, para assim ocupar a mente e mantê-la absorta, de modo que Deus não esteja em seus pensamentos. A educação que elas têm recebido tem sido de caráter tal que confunde a mente e obscurece a verdadeira luz. Satanás não deseja que o povo tenha conhecimento de Deus; e se rejubilará se puder pôr em operação jogos e representações teatrais que confundam os sentidos dos jovens de modo que os seres humanos pereçam nas trevas enquanto a luz brilha em torno deles.6 Depende do nosso consentimento FC 132 2 Devemos apresentar diante do povo o fato de que Deus tomou providências para que não fôssemos tentados acima de nossa capacidade de resistir, e ainda com cada tentação vem também um meio de escape. Se vivemos inteiramente para Deus, não permitiremos que a mente se demore em imaginações egoístas. FC 132 3 Se houver um meio qualquer pelo qual Satanás possa alcançar acesso à mente, ele semeará o seu joio e o fará crescer até que redunde em farta colheita. Em caso algum pode Satanás obter domínio sobre os pensamentos, palavras e ações, a menos que voluntariamente lhe abramos a porta e o convidemos a entrar. Ele entrará, então, lançando fora a boa semente semeada no coração e tornando de nenhum efeito a verdade.7 Fechar as portas à tentação FC 132 4 Todos quantos proferem o nome de Cristo, necessitam vigiar e orar, e guardar as entradas da alma; pois Satanás está em atividade para corromper e destruir, uma vez que lhe seja dada a mínima vantagem.8 FC 133 1 É perigoso deter-nos a considerar as vantagens que poderemos colher ao cedermos às sugestões de Satanás. O pecado resulta em desonra e ruína para toda pessoa que com ele condescende; sua natureza, porém, é de molde a cegar e iludir, e nos enganará com lisonjeiras perspectivas. Caso nos aventuremos no terreno do inimigo, não temos garantia de proteção contra o seu poder. Cumpre-nos, no que de nós depender, cerrar toda entrada pela qual ele possa encontrar acesso à mente.9 FC 133 2 Quem pode prever, no momento da tentação, as terríveis conseqüências que resultarão de um passo errado ou apressado! Nossa única segurança é abrigarmo-nos na graça de Deus cada momento, não confiando em nossa visão espiritual, para que não chamemos ao mal bem, e ao bem chamemos mal. Sem hesitação ou discussão, precisamos cerrar e proteger do mal os acessos ao coração.10 FC 133 3 Todo cristão precisa manter-se em guarda continuamente, vigiando cada entrada da mente por onde Satanás possa ganhar acesso. Ele precisa orar pedindo auxílio divino e, ao mesmo tempo, resistir resolutamente a cada inclinação para o pecado. Mediante coragem, fé, perseverante esforço, ele pode vencer. Mas lembre-se de que, para alcançar a vitória, Cristo precisa habitar nele e ele em Cristo.11 Evitar ler, ver e ouvir o mal FC 133 4 O apóstolo [Pedro] procurou ensinar aos crentes quão importante é guardar a mente de vagar por temas proibidos, ou de gastar sua energia em assuntos triviais. Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à mente; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a mente vagará em trevas.12 FC 133 5 Devemos fazer todo o possível para nos colocarmos, e a nossos filhos, em posição onde não vejamos a iniqüidade que é praticada no mundo. Devemos guardar cuidadosamente nossa habilidade de ver e ouvir, para que essas coisas más não entrem em nossa mente. Quando os jornais chegam em casa, quase desejo escondê-los, para que as coisas ridículas e sensacionalistas não sejam vistas. Parece que o inimigo é responsável por muitas coisas que aparecem nos jornais. Todo mal que pode ser encontrado é descoberto e desnudado perante o mundo.13 FC 134 1 Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não ver nem aprender o mal. Devem fechar os ouvidos para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em sua boca.14 A resistência debilitada FC 134 2 Não procuremos saber quão perto conseguimos andar à beira do precipício sem cair. Evitemos a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses espirituais. Nosso capital é nosso caráter. Devemos acariciá-lo, como faríamos com um tesouro muito valioso. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser incentivados firme e constantemente. Não deve haver um único afastamento da discrição; um ato de familiaridade, um deslize, podem pôr em perigo salvação, abrindo a porta da tentação, e assim enfraquecer o poder de resistência.15 O esforço do inimigo FC 134 3 Satanás tem trabalhado continuamente para obscurecer as glórias do mundo futuro e atrair toda a atenção para as coisas desta vida. Ele tem procurado arranjar as coisas de tal maneira que nosso pensamento, nossas ansiedades e nosso trabalho sejam inteiramente empregados em coisas temporais para que não vejamos nem reconheçamos o valor das realidades eternas. O mundo e seus cuidados têm ocupado um lugar importante, enquanto Jesus e as coisas celestiais têm tido muito pequena parte em nossos pensamentos e afeições. Devemos desempenhar conscienciosamente todos os deveres de cada dia, mas é também essencial que cultivemos, acima de tudo, santa afeição por nosso Senhor Jesus Cristo.16 A ajuda dos anjos FC 135 1 Devemos ter sempre em mente que estão em operação seres invisíveis, tanto do mal como do bem, procurando ganhar o controle da mente; agem com invisível e eficaz poder. Anjos bons são espíritos ministradores, a exercer celestial influência sobre o coração e a mente; ao passo que o grande adversário, o diabo e seus anjos, estão continuamente trabalhando para efetuar nossa destruição. ... FC 135 2 Conquanto devamos estar ativamente atentos quanto a nossa exposição aos assaltos dos inimigos visíveis e invisíveis, devemos estar certos de que não poderão fazer-nos mal sem haverem antes ganho nosso consentimento.17 ------------------------Capítulo 25 -- Sons e imagens que encantam Más influências FC 136 1 Há razão para profunda solicitude de sua parte pelos filhos, os quais estão enfrentando a tentação a cada passo. É-lhes impossível evitar o contato com más associações. ... Eles contemplarão imagens e ouvirão sons, e estarão sujeitos a influências desmoralizantes que, a menos que delas se guardem inteiramente, imperceptível mas seguramente lhes corromperão o coração e deformarão o caráter.1 Muro contra a tentação FC 136 2 Nos lares cristãos deve ser erguido um muro contra a tentação. Satanás está usando todos os meios para tornar populares o crime e os vícios degradantes. Não podemos andar nas ruas de nossas cidades sem encontrar chocantes notícias de crimes que serão contados e recontados nos romances e no teatro. A mente é educada para familiarizar-se com o pecado. A conduta seguida pelos baixos e vis é mantida diante do povo pelos jornais e revistas, e tudo que pode despertar a paixão é posto diante deles em agitadas histórias.2 FC 136 3 Alguns pais e mães são tão indiferentes, tão descuidados, que acham que não faz diferença que seus filhos freqüentem a escola da igreja ou a escola pública. "Estamos no mundo", dizem, "e não podemos dele sair." Mas, pais, podemos encontrar uma boa saída do mundo, se quisermos. Podemos evitar ver muito dos males que se multiplicam tão depressa nos últimos dias. Podemos evitar ouvir muito das impiedades e crimes que existem.3 Semeando ilegalidade FC 137 1 Muitas das publicações hoje se acham repletas de histórias sensacionais, que estão educando os jovens na impiedade, e os conduzindo ao caminho da perdição. Muitas crianças na idade são velhas no conhecimento do crime. São incitadas ao mal pelos contos que lêem. Ensaiam, na imaginação, os atos descritos, até que se lhes desperte a ambição de ver de que são capazes quanto a cometer crimes e escapar à pena. FC 137 2 Para a viva imaginação das crianças e jovens, as cenas descritas em imaginárias revelações do futuro são realidades. Ao serem preditas revoluções e descritos todos os tipos de acontecimentos que derrubam as barreiras da lei e da restrição ao próprio eu, muitos se possuem do espírito dessas imaginações. São levados à prática de crimes ainda piores, se possível, que os descritos por esses escritores sensacionalistas. Mediante influências assim a sociedade está se desmoralizando. As sementes da anarquia são amplamente difundidas. Ninguém se maravilhe se a colheita de crimes é o fruto.4 A sedução da música FC 137 3 Sinto-me alarmada ao testemunhar por toda parte a frivolidade de jovens, rapazes e moças, que professam crer na verdade. Parece que Deus não está em suas cogitações. Têm a mente cheia de tolices. Sua conversa não passa de um falar vazio, frívolo. Têm ouvidos aguçados para a música, e Satanás sabe quais órgãos estimular para animar, cativar e encantar a mente, de modo que Cristo não seja desejado. Falta o anseio espiritual do coração, em busca de conhecimento divino e de crescimento na graça. FC 137 4 Foi-me mostrado que a juventude precisa pôr-se em uma plataforma mais elevada e fazer da Palavra de Deus sua guia e conselheira. Responsabilidades solenes repousam sobre os jovens, às quais eles mal atentam. A introdução da música em seus lares, em lugar de estimular à santidade e espiritualidade, tem sido um meio de afastar da verdade a mente deles. Canções frívolas e letras de músicas populares de sucesso parecem estar de acordo com seu gosto. Instrumentos musicais têm tomado o tempo que deveria ser empregado em oração. A música, quando bem utilizada, é uma grande bênção, mas quando mal-usada, uma terrível maldição. Ela agita, mas não confere aquela força e coragem que o cristão pode encontrar unicamente no trono da graça, enquanto humildemente torna conhecidas suas necessidades e, com fortes clamores e lágrimas, roga por forças do Céu para ser robustecido contra as poderosas tentações do maligno. Satanás lidera os jovens cativos. Oh, que posso eu dizer para levá-los a romper com esse poder encantador? Satanás é um habilidoso sedutor, atraindo-os à perdição.5 Pensamentos impuros, ações impuras FC 138 1 Este é um século em que a corrupção prolifera por toda parte. A concupiscência dos olhos e as paixões corruptas são despertadas pelo contemplar e pelo ler. O coração é corrompido pela imaginação. O espírito se compraz em contemplar cenas que despertam as mais baixas e vis paixões. Essas desprezíveis imagens, vistas através de uma imaginação deturpada, corrompem a moral e preparam as criaturas enganadas e imprudentes para dar rédeas soltas às paixões pecaminosas. Então, se seguem pecados e crimes que arrastam os seres formados à imagem de Deus ao nível dos animais, afundando-os finalmente na perdição.6 Não contemplar coisas ímpias FC 138 2 Devem os pais exercer incessante cuidado, para que não se percam de Deus os seus filhos. Os votos de Davi registrados no salmo 101, devem ser os de todos sobre quem repousam as responsabilidades de zelar pelas influências do lar. Declara o salmista: "Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará. Um coração perverso se apartará de mim, não conhecerei o homem mau. Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei, aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei. Os meus olhos procurarão os fiéis da Terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos." Salmos 101:3-7.7 FC 139 1 Diga firmemente: "Não despenderei preciosos momentos em ler o que não será de nenhum proveito para mim, e que apenas me incapacitará para ser de utilidade a outros. Devotarei meu tempo e meus pensamentos a adquirir preparo para o serviço de Deus. Fecharei meus olhos a coisas fúteis e pecaminosas. Meus ouvidos são do Senhor, e não ouvirei as sutis razões do inimigo. Minha voz não estará de maneira alguma sujeita a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o templo do Espírito Santo, e toda faculdade do meu ser será consagrada a objetivos dignos." 8 ------------------------Capítulo 26 -- A leitura e sua influência Alimentar a mente infantil FC 140 1 A mente suscetível e expansiva da criança almeja o saber. Devem os pais manter-se bem informados para que possam dar ao espírito de seus filhos o alimento conveniente. Semelhante ao corpo, a mente deriva sua força do alimento que recebe. Ela se alarga e se eleva por meio de pensamentos puros, fortalecedores; mas estreita-se e se torna aviltada com pensamentos terrenos, rasteiros. FC 140 2 Pais, são vocês que haverão de decidir se o espírito de seus filhos se encherá de pensamentos enobrecedores ou de sentimentos viciosos. Não devem conservar desocupada sua mente ativa, tampouco podem expulsar o mal com um simples gesto de enfado. Unicamente incutindo princípios corretos, podem excluir maus pensamentos. A não ser que os pais plantem no coração dos filhos as sementes da verdade, o inimigo semeará o joio. A instrução boa e sã é o único preventivo contra as más conversas, que corrompem os bons costumes. A verdade protegerá a mente das intermináveis tentações que terão de ser enfrentadas.1 Controlar os hábitos da leitura FC 140 3 Muitos jovens são ávidos por livros. Lêem qualquer coisa que possam obter. Apelo para os pais desses jovens, a fim de que controlem o desejo deles pela leitura. Não permitam sobre as mesas revistas e jornais em que se encontrem histórias de amor. Preencham o lugar dessas publicações com livros que auxiliem os jovens a incluir na formação de seu caráter o melhor material -- o amor e o temor de Deus, o conhecimento de Cristo. Animem os filhos a armazenar na mente conhecimento valioso, a deixar que aquilo que é bom ocupe seus pensamentos e dirija suas faculdades, não dando lugar a pensamentos baixos, aviltantes. Restrinjam o desejo pela leitura que não fornece ao espírito bom alimento.2 FC 141 1 Devem os pais esforçar-se para conservar fora do lar toda influência que não seja produtora do bem. Nesse sentido, alguns pais têm muito a aprender. Aos que se sentem livres para ler revistas de contos e romances, desejo dizer: Vocês estão lançando uma semente cuja ceifa não desejarão colher. Em tal leitura não há força espiritual a ser adquirida. Antes, ela destrói o amor à verdade pura da Palavra. Mediante tais revistas de contos e romances, Satanás está operando com o fim de encher com pensamentos irreais e fúteis as mentes que deveriam estar diligentemente estudando a Palavra de Deus. Assim, ele está roubando de milhares de milhares o tempo, a energia e a disciplina exigidos pelos sérios problemas da vida.3 FC 141 2 As crianças necessitam de leitura apropriada que lhes proveja divertimento e recreação e não perverta a mente nem enfraqueça o corpo. Se forem ensinadas a apreciar romances e novelas, os livros e revistas instrutivos se tornarão sem graça. A maioria das crianças e jovens terá matéria que ler, e se não lhes for selecionada, eles o farão. Eles podem encontrar qualidade nociva de leitura em qualquer lugar, e logo aprenderão a apreciá-la; mas se lhes fornecerem em leitura boa e pura, cultivarão o gosto por esta.4 Educar o interesse FC 141 3 O interesse deve ser disciplinado e educado com o máximo cuidado. Devem os pais começar cedo a desvendar as Escrituras à mente em desenvolvimento de seus filhos, a fim de que se possam formar hábitos convenientes de pensamento. FC 141 4 Nenhum esforço deve ser poupado no sentido de estabelecer hábitos corretos de estudo. Se a mente divaga, obrigue-a a voltar. Se o gosto intelectual e moral foi pervertido por atrativos e estimulantes contos de ficção, de maneira a não haver inclinação para o espírito se aplicar, há uma batalha a travar a fim de vencer esse hábito. O amor à leitura de ficção deve ser imediatamente vencido. Regras severas devem ser postas em execução, para conservar o espírito na direção devida.5 Gosto por ficção FC 142 1 Que lerão nossos filhos? Essa é uma questão séria, e que exige uma séria resposta. Perturba-me ver, entre as famílias observadoras do sábado, revistas e jornais que contêm histórias seriadas, as quais não deixam espaço para o bem na mente das crianças e jovens. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção foi assim cultivado. Tiveram o privilégio de ouvir a verdade, de familiarizar-se com as razões de nossa fé; mas chegaram aos anos mais avançados destituídos da verdadeira piedade e religião prática.6 FC 142 2 Os leitores de ficção estão tolerando um mal que destrói a espiritualidade, obscurecendo a beleza das sagradas letras.7 Leitura nociva FC 142 3 O mundo está inundado de livros que melhor seria queimar do que fazê-los circular. Melhor seria que nunca fossem lidos pela juventude livros sobre assuntos sensacionalistas, publicados e circulados com o fim de ganhar dinheiro. Há em tais livros uma fascinação satânica. ... FC 142 4 A prática da leitura de histórias é um dos meios empregados por Satanás para destruir as mentes. Produz satisfação falsa e doentia, agita a imaginação, inabilita o espírito para a utilidade e para todo exercício espiritual. Afasta o espírito de oração e o amor às coisas espirituais.8 FC 142 5 Obras de romances, frívolos e provocantes contos, pouco menos ruinosos são ao leitor. Talvez o autor professe ensinar uma lição de moral, pode entretecer na obra sentimentos religiosos; freqüentemente, porém, isso não serve senão para velar a loucura e a vileza que se acham no fundo.9 Autores ateus FC 143 1 Outra fonte de perigos contra que devemos estar constantemente de sobreaviso, é a leitura de autores ateus. Tais obras são inspiradas pelo inimigo da verdade, e ninguém as pode ler sem pôr em risco sua salvação. É verdade que alguns dos que por elas são afetados podem refazer-se finalmente; mas todos os que se põem ao alcance de suas más influências colocam-se no terreno de Satanás, e ele tira disso a maior vantagem. Convidando eles as suas tentações, não têm sabedoria para discernir nem força para a elas resistir. Com um poder fascinante, sedutor, a incredulidade se apodera da mente.10 Lendas e mitos FC 143 2 Na educação das crianças e dos jovens dá-se agora importante lugar aos contos de fadas, mitos e histórias imaginárias. Usam-se nas escolas livros dessa natureza, e eles se encontram também em muitos lares. Como podem pais cristãos permitir que seus filhos usem livros tão cheios de mentiras? Quando as crianças pedem a explicação de histórias tão contrárias aos ensinos recebidos de seus pais, a resposta é que essas histórias não são verdadeiras; mas isso não dissipa os maus resultados do seu uso. As idéias apresentadas nesses livros desencaminham as crianças. Comunicam falsas idéias da vida, suscitando e nutrindo o desejo pelo irreal. ... FC 143 3 Nunca devem ser colocados nas mãos da infância e da adolescência livros que contenham uma perversão da verdade. Não permitamos que nossos filhos, no próprio processo de adquirir educação, recebam idéias que se demonstrarão sementes de pecado.11 Destruindo o vigor mental FC 143 4 Há poucas mentes equilibradas, porque os pais são impiamente negligentes quanto ao seu dever de estimular os traços debilitados e reprimir os errados. Não se lembram de que estão sob a mais solene obrigação de vigiar as tendências de cada criança, que é seu dever educar os filhos para que desenvolvam maneiras e hábitos corretos de pensamento.12 FC 143 5 Cultivemos as faculdades morais e intelectuais. Não permitamos que essas nobres faculdades sejam debilitadas e pervertidas pela excessiva leitura de livros de histórias. Sei de espíritos fortes que se têm desequilibrado e ficado parcialmente entorpecidos ou paralisados pela intemperança na leitura.13 Crianças inquietas FC 144 1 Os leitores de contos frívolos e empolgantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, acham-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Conversas e pensamentos religiosos são inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz, a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de embriagados mentais. Hábitos intemperantes na leitura, têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo.14 FC 144 2 Antes de aceitarem a verdade presente, alguns haviam formado o hábito de ler romances. Ao unirem-se à igreja, esforçavam-se para vencer esse hábito. Colocar perante essas pessoas leituras semelhantes às que abandonaram, equivaleria a oferecer bebidas intoxicantes ao amante da embriaguez. Cedendo à tentação que sempre os acomete, logo perdem o gosto pela leitura saudável. Não têm interesse no estudo da Bíblia. Debilita-se-lhes a força moral. Cada vez menos repulsivo se lhes afigura o pecado. Manifesta-se crescente infidelidade, desprazer cada vez maior pelos deveres práticos da vida. Pervertendo-se o espírito, está ele pronto para prender-se a qualquer leitura de caráter estimulante. Assim se acha aberto o caminho para Satanás ter domínio completo sobre a pessoa.15 Leitura superficial FC 144 3 Com a imensa maré de material impresso a derramar-se constantemente do prelo, adultos e jovens formam o hábito da leitura apressada e superficial, e a mente perde a sua capacidade para um pensamento contínuo e vigoroso. Além disso, uma grande quantidade de revistas e livros que, à semelhança das rãs do Egito, se estão espalhando pela Terra, não é apenas coisa banal, ociosa e deprimente, mas impura e degradante. Seu efeito não consiste simplesmente em envenenar e arruinar o espírito, mas também em corromper e destruir a vida.16 Uma incoerência FC 145 1 Há os que professam ser irmãos que não assinam nossas revistas mas assinam uma ou mais revistas seculares. Seus filhos são profundamente interessados em leituras de ficção e romances que se encontram nessas revistas que seus pais admitem poder pagar, embora declarem não poder assinar nossos periódicos e publicações sobre a verdade presente. ... FC 145 2 Os pais devem vigiar seus filhos e ensinar-lhes a cultivar a imaginação pura e a evitar, como evitariam a lepra, histórias de amor estilizadas em periódicos. Sejam as publicações sobre moral e religião encontradas em nossas mesas e bibliotecas, para que nossos filhos cultivem o gosto pela leitura elevada.17 Mensagens aos jovens FC 145 3 Vendo o perigo que ameaça os jovens por causa das leituras impróprias, não posso deixar de apresentar outra vez as advertências que me foram dadas acerca desse grande mal. FC 145 4 O mal que para os cristãos resulta de manusear literatura de índole reprovável é muito pouco reconhecido. O assunto com que estão tratando lhes prende a atenção e desperta o interesse. Sentenças imprimem-se-lhes na memória. São-lhes sugeridos pensamentos. Quase inconscientemente o leitor é influenciado pelo espírito do escritor, e espírito e caráter recebem impressão para o mal. Alguns há que têm fé pequena e pouco domínio próprio, e é-lhes difícil banir os pensamentos sugeridos por essa leitura.18 FC 145 5 Oh, se os jovens refletissem sobre a influência que as histórias empolgantes exercem no espírito! Podem eles, depois de uma leitura dessas, abrir a Palavra de Deus e ler com interesse as palavras da vida? Não fica desinteressante o Livro de Deus? A fascinação daquela história de amor prende o espírito, destruindo-lhe o tono saudável, tornando-se impossível fixar a mente nas verdades importantes, solenes, que dizem respeito ao interesse eterno. Pecam contra seus pais devotando o tempo que lhes pertence a um tão mesquinho desígnio, e pecam contra Deus em assim empregar o tempo que devia ser passado em devoção a Ele.19 FC 146 1 Filhos, tenho uma mensagem para vocês. Agora está sendo decidido seu destino futuro, e o edifício de seu caráter será daquela espécie que os excluirá do Paraíso de Deus. ... Quão penoso é para Jesus, o Redentor do mundo, contemplar uma família cujos filhos não têm amor a Deus nem respeito a Sua Palavra, mas estão todos absorvidos na leitura de ficção. Tempo assim despendido rouba-lhes o desejo de tornar-se eficientes nos deveres do lar; desqualifica-os para serem chefe da família, e assim continuando os prenderá mais e mais nos laços de Satanás. ... Alguns dos livros que vocês estão lendo contêm excelentes princípios, mas vocês os lêem apenas para absorver a história. Se pudessem tirar dos livros que lêem aquilo que lhes ajudasse na formação do caráter, sua leitura poderia fazer-lhes algum bem. Mas quando tomarem um livro e o folhearem página por página, perguntem a si mesmos: Qual é meu objetivo nesta leitura? Estou procurando obter conhecimento substancial? Vocês não poderão construir um caráter reto levando para o fundamento madeira, feno e palha.20 Sementes da verdade FC 146 2 Entre um campo não cultivado e a mente não educada há grande semelhança. Na mente das crianças e jovens o inimigo semeia o joio e, a menos que os pais vigiem atentamente, ele crescerá, produzindo seu mau fruto. É necessário contínuo cuidado ao cultivar o terreno do espírito, e ao lançar nele a preciosa semente da verdade bíblica. Às crianças deve ser ensinado rejeitar os contos levianos, empolgantes, e volver à leitura sensata, que levará o espírito a ter interesse na narração, história e argumentação da Bíblia. A leitura que lança luz sobre o Volume Sagrado, e desperta o desejo de estudá-lo, não é perigosa, mas proveitosa.21 FC 147 1 É impossível que os jovens possuam saudável disposição mental e corretos princípios religiosos, a menos que apreciem a leitura atenta da Palavra de Deus. Esse livro contém a mais interessante história, indica o caminho da salvação por meio de Cristo, e é o seu guia para uma vida mais elevada e melhor.22 ------------------------Capítulo 27 -- Jogos e recreações O inocente no lugar do pecaminoso FC 148 1 Não se podem tornar os jovens tão quietos e sérios como as pessoas de idade, a criança tão sóbria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, professoras ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não prendam os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, mantenham as regras, guiando e regendo-lhes o espírito e desígnios, não obstante com tanta brandura, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam que tudo tem em vista seu máximo bem.1 FC 148 2 Há distrações, como a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar porque o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta para grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem efeito excitante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por aquelas diversões que conduzem ao jogo e à dissipação. Tais divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, pondo-se em seu lugar alguma coisa que seja perfeitamente inofensiva.2 FC 149 1 Ao mesmo tempo que restringimos nossos filhos com relação a esses prazeres mundanos que têm a tendência de corromper e desencaminhar, devemos prover-lhes recreação inocente, levá-los por caminhos prazerosos que nenhum perigo ofereçam. Nenhum filho de Deus precisa ter uma experiência triste ou penosa. Os mandamentos divinos, as divinas promessas, têm como objetivo a nossa felicidade. Os caminhos da sabedoria "são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz". Provérbios 3:17.3 FC 149 2 Embora evitemos o falso e artificial, apostas em corridas de cavalos, jogo de cartas, loteria, pugilismo, bebidas alcoólicas, o uso do fumo, devemos proporcionar fontes de prazer que sejam puras, nobres e edificantes.4 O aspecto útil da ginástica FC 149 3 Os exercícios de ginástica preenchem um lugar útil em muitas escolas; mas, sem uma inspeção cuidadosa, são muitas vezes levados ao excesso. Muitos jovens, pelas proezas de força que tentam realizar nos salões de ginástica, têm trazido sobre si lesões para toda a vida. FC 149 4 O exercício em um salão de ginástica, ainda que bem dirigido, não pode tomar o lugar do recreio ao ar livre, e para tal nossas escolas devem oferecer melhores oportunidades.5 Jogos de bola -- Diretrizes básicas FC 149 5 Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isso, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso. FC 149 6 Preocupam-me muito sempre os resultados quase inevitáveis que vêm na esteira dessa recreação. Eles levam a um gasto de meios que deviam ser aplicados em levar a luz da verdade às pessoas que estão perecendo sem Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão. FC 149 7 A maneira como eles têm sido conduzidos no colégio não leva o sinal do Céu. Não fortalece o intelecto. Não refina nem purifica o caráter. Há caminhos que conduzem para hábitos, costumes e práticas mundanas, e os praticantes se tornam tão absorvidos e enfatuados que são pronunciados no Céu como mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus. Em vez de o intelecto se tornar fortalecido para fazerem melhor obra como estudantes, para serem melhor qualificados como cristãos a fim de realizarem os deveres cristãos, esses exercícios enchem o cérebro com pensamentos que desviam a mente dos estudos. ... FC 150 1 É a glória de Deus que se tem em vista nesses jogos? Eu sei que não é. O caminho de Deus e Seus propósitos são perdidos de vista. A maneira como seres inteligentes se aplicam, ainda em período de experiência, está-se sobrepondo à revelada vontade de Deus e pondo em seu lugar as especulações e invenções do instrumento humano, com Satanás a seu lado a imbuir-lhes o espírito. ... O Senhor Deus do Céu protesta contra a ardente paixão cultivada pela competição nos jogos assim tão empolgantes.6 Esportes atléticos FC 150 2 Os estudantes devem fazer exercício vigoroso. Poucos males há que devem ser mais temidos do que a indolência e a falta de um objetivo. Não obstante, a tendência da maior parte dos esportes atléticos é assunto de ansiosa preocupação por parte dos que levam a sério o bem-estar da juventude. Os professores ficam incomodados ao considerar a influência desses esportes tanto no progresso do estudante da escola como no seu êxito na vida posterior. Os jogos que ocupam tanto o seu tempo lhe estão desviando o espírito do estudo. Não estão ajudando os jovens a se prepararem para o trabalho prático e ardoroso da vida. Sua influência não tende para o refinamento, generosidade, ou verdadeira varonilidade. FC 150 3 Alguns dos mais populares divertimentos, tais como o futebol americano e o boxe, se têm tornado escolas de brutalidade. Estão desenvolvendo as mesmas características que desenvolviam os jogos na antiga Roma. O amor ao domínio, o orgulho da mera força bruta, o descaso da vida, estão exercendo sobre a juventude um poder desmoralizador que nos apavora. FC 151 1 Outros jogos atléticos, embora não tão embrutecedores, são pouco menos reprováveis, por causa do excesso com que são praticados. Estimulam o amor ao prazer, alimentando assim o desinteresse pelo trabalho útil, a disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir a graça pelas sóbrias realidades da vida e seus prazeres tranqüilos. Dessa maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados.7 Vida menos complexa FC 151 2 Nos tempos primitivos, era simples a vida entre o povo que estava sob a direção de Deus. Viviam junto ao coração da natureza. Os filhos participavam do trabalho dos pais, e estudavam as belezas e mistérios do tesouro da natureza. Na quietude do campo e do bosque ponderavam aquelas grandes verdades, transmitidas como um sagrado depósito, de geração em geração. Tal ensino produzia pessoas fortes. FC 151 3 Na presente época, a vida se tornou artificial e os homens degeneraram. Apesar de não podermos voltar completamente aos hábitos simples daqueles tempos primitivos, deles podemos aprender lições que tornarão nossos momentos de recreação o que esse nome implica: momentos de verdadeira construção de corpo, mente e espírito.8 Famílias em passeios FC 151 4 Famílias que vivem numa cidade ou vila devem se unir e deixar as ocupações que as têm sobrecarregado física e mentalmente, e fazer uma excursão para o campo, ao lado de um agradável lago, ou num formoso bosque, onde o cenário da natureza é belo. Devem prover-se com alimentos simples, saudáveis, os melhores frutos e cereais, e estender a mesa à sombra de alguma árvore ou sob a cúpula do céu. A viagem, o exercício e o cenário ativarão o apetite, e eles poderão deliciar-se com uma refeição que fará inveja aos reis. FC 151 5 Nessas ocasiões, pais e filhos devem sentir-se livres dos cuidados, dos trabalhos e de toda preocupação. Devem os pais tornar-se crianças com seus filhos, tornando tudo para eles tão agradável quanto possível. Seja o dia todo dedicado à recreação. Exercícios ao ar livre para aqueles cujo trabalho tem sido dentro de casa e sedentário serão benéficos à saúde. Todos os que podem, devem considerar um dever seguir esse procedimento. Nada há a perder, mas muito a ganhar. Eles podem retornar a suas ocupações com nova vida e novo ânimo para empenhar-se em seu trabalho com zelo, e estarão melhor preparados para resistir a enfermidades.9 Felicidade nos encantos da natureza FC 152 1 Não pense que Deus deseja que nos abstenhamos de tudo que é para nossa felicidade. Tudo que Ele requer de nós é que deixemos aquilo que não é para nosso bem. FC 152 2 Esse Deus que plantou as nobres árvores e as revestiu de rica folhagem, e deu-nos os brilhantes e belos matizes das flores, e cuja mão e amorável operação vemos em todo o reino da natureza, não deseja fazer-nos infelizes. Não é Seu propósito que não tenhamos gosto ou prazer nessas coisas. É Seu desejo que nós as desfrutemos, que sejamos felizes diante dos encantos da natureza, que são de Sua própria criação.10 Reuniões sociais FC 152 3 Reuniões para intercâmbio social tornam-se proveitosas e instrutivas no mais alto grau quando os que se reúnem têm o amor de Deus vibrando no coração, quando se reúnem para trocar idéias com respeito à Palavra de Deus ou para considerar métodos para o progresso da obra e fazer o bem aos semelhantes. Quando o Espírito Santo é considerado hóspede bem-vindo nessas reuniões, quando nada é dito ou feito que O faça afastar-Se entristecido, então Deus é honrado e os que se reúnem são refrigerados e fortalecidos.11 FC 152 4 As nossas reuniões devem ser dirigidas de tal maneira, e nossa conduta aí deve ser tal que, ao voltarmos para casa, possamos ter uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não havermos ferido ou, de algum modo, causado algum dano àqueles com quem estivemos em contato, ou exercido sobre eles qualquer nociva influência.12 Jesus participava FC 153 1 Jesus reprovava a condescendência própria em todas as suas formas, todavia, era de natureza sociável. Aceitava a hospitalidade de todas as classes, visitando a casa de ricos e pobres, instruídos e ignorantes, procurando elevar-lhes os pensamentos das coisas comuns da vida para as espirituais e eternas. Não consentia com o desperdício, e nem uma sombra de mundana leviandade Lhe manchou a conduta; todavia, achava prazer em cenas de inocente felicidade, e sancionava, com Sua presença, as reuniões sociais. Um casamento judaico era ocasião impressionante, e sua alegria não desagradava ao Filho do homem. ... Ao espírito de Jesus, a alegria das bodas apontava ao regozijo daquele dia em que levará Sua esposa para o lar do Pai, e os remidos juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro.13 Exemplo na conversação e conduta FC 153 2 Ao iniciar Suas atividades, quando convidado, para um banquete ou festa oferecidos por algum fariseu ou publicano, Ele aceitava o convite. ... Mas nessas ocasiões, Cristo dominava a conversação à mesa e dava muitas lições preciosas. E os que estavam presentes O ouviam, pois Ele havia curado os seus doentes, confortado os tristes, tomado nos braços os seus filhos e os abençoado. Publicanos e pecadores eram atraídos a Ele, e quando falava, tinha a atenção deles sobre Si. FC 153 3 Cristo ensinou os Seus discípulos como conduzir-se quando em companhia de outros. Ensinou-lhes pelo exemplo que, ao assistir a qualquer reunião pública, não precisavam desejar dizer alguma coisa. Sua conversação diferia profunda e decididamente daquilo que tinha sido ouvido em festas no passado. Cada palavra que proferia era para os Seus ouvintes um cheiro de vida para vida, e eles O ouviam com submissa atenção, como se desejosos de ouvir com um determinado propósito.14 Uma agradável reunião social FC 153 4 Ao final de minha longa jornada pelo leste, cheguei a meu lar em tempo de passar as vésperas de Ano Novo em Healdsburg. O salão do colégio havia sido preparado para uma reunião da Escola Sabatina. Ciprestes entrelaçados, folhas de outono, pinheirinhos e flores haviam sido arrumados com gosto; e um grande sino de folhas pendia da arcada da porta para a entrada do salão. A árvore estava bem carregada de donativos, os quais deviam ser usados em benefício dos pobres e ajudar a comprar um sino. ... Nessa ocasião, nada foi dito ou feito que ferisse a consciência de alguém. FC 154 1 Um dos presentes me disse: "Irmã White, que pensa disto? Está em harmonia com nossa fé?" Respondi-lhe: "Com a minha fé está." Atrair os jovens FC 154 2 Deus gostaria que cada lar e cada igreja exercesse um poder salvador para atrair as crianças dos sedutores prazeres do mundo e das associações com aqueles cuja influência teria tendência corruptora. Temos que pensar em salvar os jovens para Jesus.15 ------------------------Capítulo 28 -- Guia dos pais para a sociabilidade Influências quase esmagadoras FC 155 1 A má influência em torno de nossos filhos é quase avassaladora; ela lhes está corrompendo a mente e arrastando-os à perdição. O espírito da juventude é naturalmente inclinado à leviandade e, nos verdes anos, antes de o caráter estar formado e o discernimento amadurecido, manifestam freqüentemente preferência pelos companheiros que exercerão nociva influência sobre eles.1 FC 155 2 Pudesse minha voz alcançar todos os pais através de todo o país, e eu os advertiria a que não cedessem aos desejos dos filhos, na escolha de seus companheiros ou colegas. Em geral, os pais não se dão conta de que as impressões prejudiciais são muito mais bem recebidas pelos jovens do que as impressões divinas; por isso, suas associações devem ser as mais favoráveis para o crescimento na graça e para que a verdade revelada na Palavra de Deus possa ser estabelecida no coração.2 FC 155 3 Sejam os jovens postos em meio das circunstâncias mais favoráveis possíveis, pois os companheiros que escolherem, os princípios que adotarem, os hábitos que formarem, decidirão a questão de sua prestatividade aqui e de seus interesses futuros e eternos, com uma exatidão infalível.3 O perigo da liberdade ilimitada FC 156 1 Pais, seus filhos não estão convenientemente protegidos. Jamais devem obter permissão para sair e voltar quando desejarem, sem seu conhecimento e permissão. A irrestrita liberdade que se confere às crianças nesta época já se demonstrou ser a ruína de milhares. A quantos se permite ficar nas ruas à noite, e os pais se contentam em ignorar os companheiros de seus filhos! Não raro são escolhidos companheiros cuja influência tende unicamente para a desmoralização. FC 156 2 Sob a proteção da noite, rapazes se reúnem em grupos para aprender suas primeiras lições em jogos de cartas, de azar, e para fumar e beber vinho ou cerveja. Filhos de pais religiosos se arriscam a entrar em bares para petiscar ou para qualquer outra extravagância semelhante, e assim colocam-se no caminho da tentação. A própria atmosfera desses ambientes está impregnada de blasfêmia e pecado. Ninguém pode permanecer por muito tempo aí sem se corromper. É em virtude de tais associações que jovens promissores estão se tornando embriagados e criminosos. É preciso guardar-se contra as próprias fontes do mal. Pais, a menos que saibam que o ambiente é próprio, não permitam que os filhos saiam à rua depois de cair a noite a fim de se empenharem em competições esportivas ao ar livre ou para se encontrarem com outros rapazes com o propósito de se divertirem. Se essa regra for rigidamente imposta, a obediência se tornará habitual, cessando o desejo de extravagâncias.4 Escolher as companhias FC 156 3 Devem os pais lembrar-se de que a associação com os que têm moral frouxa e caráter vulgar, exerce influência perniciosa sobre os jovens. Se deixam de escolher para seus filhos companhia conveniente, se permitem que se associem com jovens de moral duvidosa, colocam-nos ou permitem que eles se coloquem em uma escola em que são ensinadas e praticadas lições de depravação. Podem achar que seus filhos sejam bastante fortes para resistirem à tentação; mas como poderão estar certos disso? É muito mais fácil ceder a más influências, do que a elas resistir. Antes que se apercebam disso, podem seus filhos tornar-se imbuídos do espírito de seus companheiros, e degradar-se ou arruinar-se.5 FC 157 1 São grandemente aumentados os perigos da juventude, ao serem os jovens lançados na sociedade associando-se a grande número de adolescentes de sua idade, diferentes em caráter e hábitos de vida. Sob tais circunstâncias, muitos pais se inclinam mais a afrouxar do que a redobrar seus esforços para guardar e reger os filhos.6 FC 157 2 Em espírito de oração, unidos, pais e mães devem assumir a solene responsabilidade de guiar retamente os filhos. Ainda que tenham de negligenciar outras coisas, não devem jamais deixar seus filhos a errar livremente nos caminhos do pecado. Muitos pais permitem que os filhos saiam e façam o que desejam, divertindo-se e escolhendo más companhias. No juízo, esses pais saberão que seus filhos perderam o Céu porque não foram conservados dentro das restrições do lar.7 Onde passam a noite? FC 157 3 Todo filho e filha deve ser chamado a dar explicações quando se ausentar de casa à noite. Os pais devem saber em que companhia estão os filhos e em que casa passam eles os serões. Alguns filhos enganam os pais com mentiras, a fim de ocultar seu errado procedimento.8 A erva má predomina FC 157 4 Pais e mães muitas vezes deixam os filhos escolher seus próprios entretenimentos, seus companheiros e sua ocupação. O resultado é aquele que razoavelmente se poderia esperar. Se deixar um campo sem cultivar, crescerão nele espinhos e mato. Jamais se verá ali uma delicada flor ou um arbusto primoroso apontando acima das ervas más e de mau aspecto. A sarça inútil cresce viçosa sem trabalho ou cuidado, ao passo que as plantas valiosas ou próprias para uso ou enfeite, exigem intenso cuidado. Assim é com nossos jovens. Se desejamos formar hábitos corretos e estabelecer retos princípios, há uma importante obra a ser feita. Se queremos corrigir hábitos errôneos, é preciso agir com diligência e perseverança.9 Discernimento dos pais FC 158 1 Pais, resguardem os princípios e hábitos de seus filhos como a menina dos olhos. Não permitam que se associem com qualquer pessoa cujo caráter não conheçam bem. Não consintam que tomem intimidade antes que estarem certos de que isso não lhes fará mal. Acostumem os filhos a confiar no discernimento e experiência dos pais. Ensinem-lhes que os pais têm percepção mais clara do caráter, do que eles em sua inexperiência podem ter, e que suas decisões não devem ser desatendidas.10 Firmeza com bondade FC 158 2 Não devem os pais ceder às inclinações de seus filhos, mas seguir o caminho claro do dever que Deus traçou, restringindo-os com bondade, negando com firmeza e determinação, mas também com amor, no que respeita a seus errôneos desejos, guiando com oração fervorosa e perseverante esforço os seus passos do mundo para o Céu. Os filhos não devem ser deixados a vagar pelos caminhos a que estão acostumados, a penetrar nas avenidas que se abrem por todos os lados, afastando-se do caminho reto. Ninguém está em tão grande perigo como os que não reconhecem qualquer perigo e não têm a paciência da cautela e do conselho.11 FC 158 3 Protejam os filhos de toda influência objetável possível; pois, na infância, eles são mais susceptíveis para receber impressões, seja de dignidade moral, de pureza e docilidade de caráter, seja de egoísmo, impureza e desobediência. Uma vez influenciados pelo espírito de murmuração, orgulho, vaidade e impurezas, e a nódoa poderá ficar indelével pelo resto da vida.12 FC 158 4 É em virtude da fraca educação do lar que os jovens são tão pouco dispostos a se submeterem à devida autoridade. Eu sou mãe. Sei o que estou dizendo quando afirmo que os jovens e as crianças não estão apenas mais seguros porém mais felizes sob salutar restrição do que quando seguem suas próprias inclinações.13 Demasiada liberdade FC 158 5 Alguns pais se enganam em dar a seus filhos demasiada liberdade. Têm, por vezes, tanta confiança neles, que não lhes vêem as faltas. É errado permitir às crianças, com certa despesa, que façam visitas à distância sem estar acompanhadas dos pais ou de um responsável. Isso tem um mau efeito sobre elas. Chegam a pensar que são de muita importância, e que lhes pertencem certos privilégios, e caso estes lhes não sejam concedidos, acham que estão sendo tratadas injustamente. Referem-se a crianças que vão para lá e para cá, e têm, muitas regalias, ao passo que elas as têm tão poucas. FC 159 1 E a mãe, receando que os filhos a julguem injusta, satisfaz-lhes os desejos, o que se demonstra afinal grandemente nocivo para eles. Visitantes jovens, não tendo sobre si os olhos vigilantes dos pais para ver e corrigir suas faltas, recebem muitas vezes impressões que levará meses para apagar.14 Conselhos imprudentes FC 159 2 Mantenha seus filhos no lar; e se alguém disser: "Assim seus filhos não aprenderão como se conduzir no mundo", diga a seus amigos que você não está preocupado com o assunto, mas que deseja levá-los ao Mestre em busca de Suas bênçãos, tal como as mães do passado fizeram. Diga a seus conselheiros: "Os filhos são a herança do Senhor, e quero mostrar-me fiel à tarefa que me foi confiada. ... Meus filhos devem ser criados de maneira que não sejam abalados pelas influências do mundo, mas possam, quando tentados a pecar, dizer um forte e sincero não." Diga a seus amigos e vizinhos que espera ver seus filhos dentro dos muros da bela cidade.15 Fortes provas FC 159 3 Os filhos devem ser instruídos e educados de maneira que possam calculadamente enfrentar dificuldades, tentações e perigos. Devem ser ensinados a manter controle sobre si mesmos e a vencer de forma tranqüila as dificuldades; e não se precipitarem voluntariamente para o perigo, nem se colocarem desnecessariamente no caminho da tentação; evitarem más influências e o convívio dos viciosos, e se forem, então, compelidos inevitavelmente a estar em companhias perigosas, terão resistência de caráter para ficar firmes ao lado do direito e conservar os princípios, e sairão, no poder de Deus, com sua moral imaculada. A força moral dos jovens que forem devidamente educados, pondo eles em Deus sua confiança, estará à altura de resistir à mais forte prova.16 ------------------------Capítulo 29 -- A família -- um centro missionário Orientar os filhos FC 161 1 Cumpre-nos, como pais e como cristãos, imprimir em nossos filhos direção devida. Devem eles ser cuidadosa, sábia e ternamente guiados às veredas do serviço cristão. Temos para com Deus o solene compromisso de criar nossos filhos para Sua obra. Rodeá-los de influências que os induzam a escolher uma vida de serviço, e dar-lhes o devido preparo, eis nosso primeiro dever.1 Como Daniel e Ester FC 161 2 O propósito de Deus para com os filhos que crescem em nossos lares é mais amplo, mais profundo, mais elevado, do que o tem compreendido a nossa visão restrita. Aqueles em quem Ele viu fidelidade têm sido, no passado, chamados dentre as mais humildes posições na vida, a fim de testificarem dEle nos mais elevados lugares do mundo. E muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembléias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos palácios reais, como testemunhas do Rei dos reis. Multidões serão chamadas para um ministério mais amplo. O mundo todo se está abrindo para o evangelho. ... De toda parte deste nosso mundo, vem o clamor de corações feridos em seu anelo de conhecimento do Deus de amor. ... Recai sobre nós, os que recebemos esse conhecimento, e sobre nossos filhos, a quem o podemos comunicar, a tarefa de atender ao seu clamor. A toda casa e escola, a todo pai, professor e criança sobre quem resplandeceu a luz do evangelho, impõe-se, neste momento crítico, a pergunta feita à rainha Ester naquela difícil crise da história de Israel: "Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" Ester 4:14.2 Testemunhar por Cristo FC 162 1 Nem todos podem ir a terras missionárias estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos. Há muitas maneiras pelas quais os membros da igreja podem dar a mensagem aos que estão ao seu redor. Uma das maneiras mais bem-sucedidas é o viver cristão prestativo, altruísta. Os que estão travando a batalha da vida com grandes desvantagens podem ser refrigerados e fortalecidos por pequeninas atenções que nada custam. Palavras bondosas, proferidas com simplicidade, pequenas atenções dispensadas sem ostentação, hão de afugentar as nuvens da tentação e dúvida que se adensarem por sobre a pessoa. A verdadeira e sincera expressão de simpatia cristã, transmitida com simplicidade, tem poder para abrir a porta de corações que necessitam do simples e delicado toque do Espírito de Cristo.3 FC 162 2 Há um vasto campo de serviço para as mulheres, assim como para os homens. A eficiente cozinheira, a costureira, a enfermeira -- de todas é necessário o auxílio. Que os membros dos lares pobres sejam ensinados a cozinhar, a fazer e consertar sua própria roupa, a tratar dos doentes, a cuidar devidamente do lar. Mesmo as crianças devem ser ensinadas a fazer algum serviço de amor e misericórdia pelos menos afortunados que elas.4 Crianças e jovens FC 163 3 Num esforço para se justificar, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, seus filhos devem ser sua mão auxiliadora, aumentando sua capacidade e habilidade para trabalhar para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e espírito pertencem a Deus. Devem ser instruídos para ajudar em vários ramos de serviço abnegado. Não permitamos que nossos filhos sejam empecilhos. Conosco, devem os filhos partilhar os encargos tanto espirituais como físicos. Ajudando outros, aumentarão sua própria felicidade e utilidade.5 FC 163 1 Se em cada igreja rapazes e moças solenemente se consagrassem a Deus, se praticassem a abnegação no lar, aliviando a mãe cansada e carregada de cuidados, que mudança se realizaria em nossas igrejas! A mãe encontraria tempo para fazer visitas aos vizinhos. Quando a oportunidade se ofereça, as crianças podem prestar ajuda fazendo, quando bem novas, pequenos serviços de misericórdia e amor para abençoar a outros. Assim, milhares de lares de pobres e necessitados, não de nossa fé, seriam visitados. Livros sobre saúde e temperança poderiam ser postos em muitos lares. A circulação desses livros é uma obra importante, pois eles contêm preciosos conhecimentos quanto ao tratamento de enfermidades -- conhecimentos que seriam uma grande bênção aos que não podem pagar uma consulta médica.6 Pequenos missionários FC 163 2 Deus deseja que cada criança, mesmo de tenra idade, seja Seu filho (a), seja adotada (a) em Sua família. Jovens como possam ser, deve a juventude fazer parte da família da fé e ter uma experiência muito preciosa.7 FC 163 3 Nos seus tenros anos, as crianças devem ser úteis na obra de Deus. ... Ele lhes dará Sua graça e Seu Espírito Santo a fim de que vençam a impaciência, a irritabilidade e todo pecado. Jesus ama as crianças. Ele tem bênçãos para elas, e aprecia vê-las obedientes aos pais. Deseja que sejam Seus pequenos missionários, negando suas próprias inclinações e desejos de prazeres egoístas para prestarem serviço para Ele; e esse serviço é tão aceitável a Deus quanto o dos de mais idade.8 FC 163 4 Por preceito e exemplo, devem os pais ensinar seus filhos a trabalhar pelos não convertidos. As crianças devem ser educadas de tal maneira que simpatizem com os idosos e enfermos, e desejem aliviar os sofrimentos dos pobres e oprimidos. Devem ser ensinadas a ser diligentes no trabalho missionário e, desde de tenra idade, devem aprender a abnegação e sacrifício pelo bem de outros e o progresso na causa de Cristo, para que possam ser colaboradores de Deus.9 FC 164 1 Ensinem os pais a seus pequenos a verdade como é em Jesus. As crianças, na sua simplicidade, repetirão a seus companheiros aquilo que aprenderem.10 A igreja tem uma obra para a juventude FC 164 2 Concebam os supervisores da igreja planos por meio dos quais os jovens possam ser preparados para empregar dos talentos que lhes foram confiados. Busquem os membros mais idosos da igreja trabalhar dedicada e compassivamente em favor das crianças e jovens. Apliquem os pastores toda a sua inteligência na idealização de planos em que os membros mais jovens da igreja possam ser induzidos a cooperar com eles no trabalho missionário. Mas não imaginem que podem despertar-lhes o interesse simplesmente pregando um sermão longo na reunião missionária. Formulem planos que despertem vivo interesse. Tenham todos uma parte para desempenhar. Sejam os jovens preparados para fazer o que lhes for indicado, e tragam semanalmente seus relatórios para a reunião missionária, contando sua experiência e, mediante a graça de Cristo, qual tem sido o seu êxito. Se esses relatórios fossem trazidos por pessoas que trabalham com consagração, as reuniões missionárias não seriam áridas nem enfadonhas. Estariam cheias de interesse, e não haveria falta de assistência.11 Oportunidades na vizinhança FC 164 3 As oportunidades estão ao alcance de todos. Temos que assumir a obra que deve ser feita entre os vizinhos e pela qual somos responsáveis. Não esperemos que outros instem conosco para que avancemos. Movimentemo-nos, sem demora, tendo em mente nossa responsabilidade individual para com Aquele que deu Sua vida por nós. Avancemos como se ouvíssemos Cristo em pessoa nos chamando para despertar do sono e exercer cada uma das faculdades que Deus nos deu para fazer o máximo possível em Seu serviço. Não esperemos até ver quem mais está pronto a receber inspiração da Palavra do, Deus vivo. Se estivermos inteiramente consagrados, mediante nossa atividade, Ele levará para a verdade outros a quem Ele possa usar como canais que espalhem luz a muitas pessoas em trevas.12 Penetrar nas regiões escuras FC 165 1 Deus pede que famílias cristãs visitem localidades que estão em trevas e erro, e trabalhem sábia e perseverantemente para o Mestre. Para atender a esse chamado é necessário abnegação. Enquanto muitos esperam que sejam removidos todos os obstáculos, pessoas estão morrendo sem esperança e sem Deus no mundo. Muitos, muitos mesmo, pelo apego a vantagens mundanas ou por amor a conhecimentos científicos, aventuram-se por regiões perigosas, e suportam durezas e privações. Onde se acham os que estão dispostos a fazer o mesmo com o objetivo de falar a outros acerca do Salvador? Onde estão os homens e mulheres dispostos a mudar-se para regiões necessitadas do evangelho, e encaminhar ao Redentor os que andam em trevas? 13 FC 165 2 Se famílias se transferissem para os lugares escuros da Terra, lugares em que as pessoas estejam envoltas em trevas espirituais, e permitissem que a luz de Cristo irradiasse por intermédio delas, uma grande obra seria realizada. Que iniciem a obra com prudência, com discrição, sem confronto e sem depender dos recursos do Campo até que o interesse aumente, a ponto de elas não mais poderem controlar a situação sem auxílio ministerial.14 O testemunho das crianças FC 165 3 Quando os seres celestiais virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão, na proclamação da verdade, um trabalho que os obreiros mais idosos não poderão fazer, pois seus passos serão entravados.15 FC 165 4 Nas cenas finais da história deste mundo, muitas dessas crianças e jovens encherão de admiração o povo pelo seu testemunho em favor da verdade, o qual será dado de modo simples, no entanto, com espírito e poder. Foi-lhes ensinado o temor do Senhor, e o coração se lhes abrandou por um estudo da Bíblia cuidadoso e acompanhado de oração. No futuro, muitas crianças serão revestidas do Espírito Santo, e farão, na proclamação da verdade ao mundo, uma obra que, naquela ocasião, não poderá ser feita pelos membros mais idosos das igrejas.16 FC 166 1 Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para essa grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e ajudar a levá-la avante em todos os seus aspectos. ... Por elas será proclamada a mensagem de Deus e a Sua salvação a todas as nações. Que a igreja se preocupe, portanto, com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servir a Deus, pois são a herança do Senhor.17 Aprender a fazer fazendo FC 166 2 O amor e lealdade para com Cristo são a fonte de todo verdadeiro serviço. No coração tocado por Seu amor, será gerado o desejo de trabalhar por Ele. Que esse desejo seja alimentado e bem dirigido. Quer no lar, quer na vizinhança ou na escola, a presença dos pobres, aflitos, ignorantes ou infelizes, deve ser considerada não como uma desgraça, senão como uma preciosa oportunidade para o serviço que se nos oferece. FC 166 3 Nessa obra, como em qualquer outra, adquire-se a habilidade no próprio trabalho. É pelo ensino obtido nos deveres comuns da vida e no auxílio aos necessitados e sofredores, que nos é assegurada a eficiência. Sem isso, os mais bem-intencionados esforços são muitas vezes inúteis e mesmo prejudiciais. É na água e não na terra que os homens aprendem a nadar.18 ------------------------Capítulo 30 -- A recompensa, aqui e no futuro Rica recompensa FC 167 1 Se os pais derem a seus filhos a devida educação, eles mesmos se sentirão felizes por ver no caráter cristão de seus filhos os frutos de sua cuidadosa educação. Eles estarão prestando a Deus o mais elevado serviço ao apresentarem ao mundo famílias bem disciplinadas e bem ordenadas, que não somente temem ao Senhor, mas O honram e O glorificam por sua influência sobre outras famílias; e eles receberão sua recompensa.1 FC 167 2 Pais crentes, uma obra de responsabilidade está diante de vocês: guiar os passos de seus filhos, também em sua experiência religiosa. Quando eles amarem verdadeiramente a Deus, os bendirão e reverenciarão pelo cuidado que vocês manifestaram por eles, e por sua fidelidade em restringir-lhes os desejos e sujeitar-lhes a vontade.2 FC 167 3 Há, porém, uma recompensa quando a semente da verdade cedo é lançada no coração, e é cultivada cuidadosamente.3 FC 167 4 Os pais devem trabalhar tendo em vista a colheita futura. Embora semeiem em lágrimas, em meio aos desânimos, devem fazê-lo com fervorosa oração. Ainda que vejam a promessa de uma colheita tão-somente escassa e tardia, isso não deve impedi-los de semear. Devem semear junto a todas as águas, utilizando cada oportunidade tanto para melhorar a si mesmos como para beneficiar seus filhos. A semente assim semeada não será perdida. Na ocasião da colheita, muitos pais fiéis voltarão com alegria, trazendo consigo os seus molhos.4 FC 168 1 Dêem a seus filhos cultura intelectual e ensino moral. Fortifiquem-lhes a mente infantil com princípios firmes e puros. Enquanto tiverem oportunidade, coloquem o fundamento de uma vida verdadeiramente nobre. Seu trabalho será mil vezes recompensado.5 Filhos preparados FC 168 2 Na Palavra de Deus encontramos a bela descrição de um lar feliz e a mulher que o dirige: "Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva." Provérbios 31:28. Que maior louvor pode ser desejado por aquela que dirige o lar, do que o que é aqui expresso? 6 FC 168 3 Se ela [a dedicada esposa e mãe] buscar de Deus força e conforto, e procurar, em Sua sabedoria e temor, realizar os deveres diários, terá o marido preso ao seu coração e verá seus filhos chegarem à maturidade como homens e mulheres honrados, com firme moral para seguir o exemplo de sua mãe.7 FC 168 4 O maior estímulo para a mãe cansada e sobrecarregada deve ser que cada filho seja educado de maneira correta e que possua o adorno interior, o ornamento "de um espírito manso e quieto" (1 Pedro 3:4), obtenha aptidão para o Céu e resplandeça nas cortes do Senhor.8 Alegrias que começam no lar FC 168 5 Não se acham o Céu e a Terra mais distanciados hoje do que ao tempo em que os pastores ouviram o cântico dos anjos. A humanidade é hoje objeto de solicitude celestial da mesma maneira que o era quando homens comuns, ocupando posições simples, se encontravam à luz do dia com anjos, e falavam com os mensageiros celestiais nas vinhas e nos campos. Enquanto nos movemos em nossos afazeres diários, podemos ter bem perto o Céu. Anjos das cortes no alto assistem os passos dos que vão e vêm às ordens de Deus.9 FC 168 6 A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos.10 FC 169 1 A adoração prestada em sinceridade de coração tem grande recompensa. "Teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente." Mateus 6:6. Pela vida que vivemos mediante a graça de Cristo, forma-se o caráter. A beleza original começa a ser restaurada na pessoa. São comunicados os atributos do caráter de Cristo, começando a refletir a imagem do Divino. A fisionomia dos homens e mulheres que andam e trabalham com Deus, exprime a paz do Céu. Eles são circundados pela atmosfera celestial. Para essas pessoas já começou o reino de Deus. Possuem a alegria de Cristo, a satisfação de ser uma bênção à humanidade. Têm a honra de ser aceitos para o serviço do Mestre; é-lhes confiado o fazer Sua obra em Seu nome.11 Todos devem ser aptos FC 169 2 Deus deseja que os planos do Céu sejam postos em execução, e que a divina ordem e harmonia celestial prevaleçam em cada família, em cada igreja, em cada instituição. Fosse esse amor deixado a fermentar a sociedade, e veríamos a operação de nobres princípios em refinamento, cortesia cristã e em caridade para com aqueles que foram adquiridos pelo sangue de Cristo. Uma transformação espiritual seria notada em todas as nossas famílias, instituições e igrejas. Quando essa transformação ocorrer, todas as agências se tornarão instrumentos pelos quais Deus repartirá luz do Céu ao mundo e assim, mediante divina educação e disciplina, capacitará homens e mulheres para a sociedade do Céu.12 Recompensa no último dia FC 169 3 No desempenho de nosso trabalho em favor dos filhos, apeguemo-nos à poderosa força de Deus. Entreguemos nossos filhos ao Senhor em oração. Trabalhemos por eles fervorosa e incansavelmente. Deus ouvirá nossas orações e os atrairá a Si. Então, no último grande dia, poderemos trazê-los a Deus, dizendo: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isaías 8:18.13 FC 169 4 Quando Samuel receber a coroa de glória, estendê-la-á em honra diante do trono e alegremente reconhecerá que as fiéis lições de sua mãe, mediante os méritos de Cristo, o coroaram com glória imortal.14 FC 170 1 A obra dos pais sábios jamais será apreciada pelo mundo, mas quando se instalar o juízo e abrirem-se os livros, sua obra aparecerá como Deus a vê e será recompensada diante dos homens e dos anjos. Ver-se-á que uma criança que foi criada de maneira fiel tem sido uma luz no mundo. Custou lágrimas, ansiedade e noites insones vigiar a construção do caráter dessa criança, mas a obra foi feita com sabedoria, e os pais ouvem o "bem está" (Mateus 25:21) do Mestre.15 O título de admissão ao palácio do rei FC 170 2 Ensinem-se os jovens e crianças a escolher para si aquela veste real tecida nos teares celestiais -- o "linho... puro e resplandecente" (Apocalipse 19:8), que todos os santos da Terra usarão. Tal veste -- o próprio caráter imaculado de Cristo -- é livremente oferecida a todo ser humano. Mas todos os que a recebem, a receberão e usarão aqui. FC 170 3 Ensine-se às crianças que, abrindo elas a mente a pensamentos puros e amoráveis, e praticando ações amáveis e auxiliadoras, estão se vestindo com as belas vestes do caráter de Cristo. Essa vestimenta as tornará belas e amadas aqui, e servirá depois de senha para sua admissão ao palácio do Rei. Sua promessa é: "Comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso." Apocalipse 3:4.16 Saudação divina aos redimidos FC 170 4 Vi, então, um grandíssimo número de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas, sendo uma para cada santo, com seu nome escrito na mesma. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Suas próprias mãos, o adorável Jesus, as colocou sobre a cabeça dos santos. De igual modo os anjos trouxeram as harpas, e Jesus apresentou-as também aos santos. Os anjos dirigentes desferiram em primeiro lugar o tom, e então, todas as vozes se elevaram em louvor grato e feliz, e todas as mãos habilmente deslizaram sobre as cordas da harpa, originando uma música melodiosa, com acordes ricos e perfeitos. FC 170 5 Vi, então, Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. Dentro da cidade havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda parte uma glória maravilhosa. Então, Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua preciosa e melodiosa voz: "Vejo o trabalho de Minha vida, e estou satisfeito. Esta magnificente glória é para vocês fruírem eternamente. Suas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem pranto; tampouco haverá mais dor." Vi a multidão dos remidos prostrar-se e lançar suas coroas brilhantes aos pés de Jesus; e quando Ele os ergueu com Sua mão adorável, passaram a tocar as harpas de ouro, e encheram o Céu todo com sua rica música e com cânticos ao Cordeiro. ... FC 171 1 A linguagem é demasiadamente imperfeita para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fiquei inteiramente maravilhada. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, parei de escrever e exclamei: "Oh, que amor! que amor maravilhoso!" A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu ou as profundidades incomparáveis do amor do Salvador.17 ------------------------Filhas de Deus FD 4 1 Uma palavra à leitora FD 7 1 Capítulo 1 -- O Senhor chama mulheres para o seu serviço FD 12 0 Capítulo 2 -- Mulheres notáveis no antigo testamento FD 34 1 Capítulo 3 -- Mulheres notáveis no novo testamento FD 57 1 Capítulo 4 -- A importância do estudo da Bíblia e da oração FD 64 1 Capítulo 5 -- Mulheres como professoras FD 71 1 Capítulo 6 -- Mulheres como médicas FD 77 1 Capítulo 7 -- O papel da mulher no evangelismo FD 81 1 Capítulo 8 -- "Digno é o trabalhador do seu salário" FD 88 1 Capítulo 9 -- Ministério na vizinhança FD 96 1 Capítulo 10 -- A obra da temperança FD 104 1 Capítulo 11 -- "Ide a todo o mundo" FD 111 1 Capítulo 12 -- Respeito próprio FD 118 1 Capítulo 13 -- A influência da mulher cristã FD 122 1 Capítulo 14 -- A mulher cristã é modesta em todas as ocasiões FD 128 1 Capítulo 15 -- Equilíbrio na vida FD 136 1 Capítulo 16 -- Saúde, exercício e viver saudável FD 143 1 Capítulo 17 -- Casamento, lar e família FD 154 1 Capítulo 18 -- A missão da mãe FD 160 1 Capítulo 19 -- Desafios da maternidade FD 168 1 Capítulo 20 -- Conhecimento dos deveres práticos da vida FD 173 1 Capítulo 21 -- Quando surge a tristeza FD 183 1 Capítulo 22 -- De mulher para mulher FD 190 1 Apêndice A -- Na casa de Simão FD 194 1 Apêndice B -- O ministério público de Ellen White FD 200 1 Apêndice C -- Documentos relativos à ordenação de mulheres FD 207 1 Apêndice D -- O uso do dízimo FD 210 1 Apêndice E -- O relacionamento entre Tiago e Ellen White FD 212 1 Cartas ------------------------Uma palavra à leitora FD 4 1 Durante a segunda metade do século 19, as mulheres puderam exercer mais importantes funções de liderança em algumas igrejas evangélicas. Isso também aconteceu na Igreja Adventista do Sétimo Dia. FD 4 2 Três das primeiras onze pessoas a assumir a tesouraria da Associação Geral (1871-1883) foram mulheres. Dos 19 editores da revista The Youth's Instructor, que atuaram entre 1852 e 1899, 11 foram mulheres. L. Flora Plummer dirigiu o Departamento da Escola Sabatina da Associação Geral por 23 anos. A igreja adventista, durante o período de 1878 a 1910, teve 31 mulheres que receberam credenciais para pregar. FD 4 3 Ellen White freqüentemente salientava que "o Senhor tem uma obra para as mulheres, da mesma maneira que para os homens. [...] Podem chegar bem perto do coração daqueles que os homens não podem atingir". -- Testimonies for the Church 6:117, 118. FD 4 4 Porções significativas dos conselhos de Ellen White para as mulheres na obra de Deus foram reunidas neste livro. Também estão incluídos capítulos sobre o respeito próprio e o equilíbrio em todos os aspectos da vida. A maior parte dos conselhos nesses capítulos, embora dirigidos originalmente a homens, é igualmente aplicável às mulheres. Na competitiva sociedade contemporânea, muitas mulheres são assalariadas, freqüentemente mães desacompanhadas tentando sustentar a família. O conteúdo desses capítulos tem o objetivo de restaurar e manter o senso de respeito próprio, ajudando as mulheres a saber que são importantes e valorizadas aos olhos de Deus. FD 4 5 Algumas declarações deste livro devem ser entendidas à luz de seu contexto cultural, social e de época. "Quanto aos testemunhos, coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados". Mensagens Escolhidas 1:57. Para ajudar a leitora, esforçamo-nos por oferecer contexto suficiente para uma compreensão adequada. Também informamos a data e a fonte da publicação, ou a data original dos escritos no caso de uma publicação após a morte de Ellen White. Em poucos casos, quando a publicação original não está prontamente disponível, apresentamos uma fonte mais recente, junto com a data. Os subtítulos ao longo do livro foram preparados pelos compiladores. FD 4 6 Filhas de Deus é um livro que tem o propósito de trazer ânimo, inspiração e incentivo para as mulheres ao redor do mundo. Inclui conselhos que levam as mulheres a lutar pelos ideais mais elevados, seja qual for a sua ocupação na vida pessoal ou profissional. Cada mulher tem valor inestimável aos olhos do Pai celestial. Ele criou a mulher para ficar ao lado do homem, igual em valor diante de Deus, e associada com ele na obra que lhe foi indicada. O Pai deu Seu Filho unigênito por toda a raça humana, individual e coletivamente, homem e mulher. FD 5 1 Esperamos que os membros da igreja ao redor do mundo obtenham nova compreensão e bênçãos através da leitura deste livro. Deus precisa dos talentos de todo o Seu povo para ajudar a concluir Sua obra na Terra. Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. FD 5 2 Todos quantos trabalham para Deus, devem possuir um misto dos atributos de Marta e de Maria -- a boa vontade para servir e sincero amor pela verdade. O próprio eu e o egoísmo precisam ser descartados. Deus demanda fervorosas obreiras, prudentes, afetivas, ternas e fiéis aos princípios. Ele convida mulheres perseverantes, que não pensam tanto em si mesmas e em seus interesses pessoais, mas concentram o pensamento em Cristo, proferindo palavras de verdade, orando com as pessoas às quais conseguem acesso, trabalhando pela conversão de almas. -- Testimonies for the Church 6:118. ------------------------Capítulo 1 -- O Senhor chama mulheres para o seu serviço FD 7 1 Há, nos vários setores da causa de Deus, um vasto campo em que nossas irmãs podem fazer bom serviço para o Mestre. [...] Entre as nobres mulheres que tiveram a coragem moral de decidir-se em favor da verdade para este tempo, muitas são dotadas de tato, percepção, boas aptidões, e que darão obreiras bem-sucedidas. Os esforços dessas mulheres cristãs são necessários. -- Evangelismo, 466. Mulheres como obreiras cristãs FD 7 2 Aquele que morreu para redimir o homem da morte ama com um amor divino; e Ele diz aos Seus seguidores: "O Meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei". João 15:12. Cristo mostrou Seu amor pela raça caída por meio de Seus atos. FD 7 3 O verdadeiro filho de Deus será semelhante a Cristo; e, ao crescer no conhecimento da verdade, e ser santificado mediante a verdade, será mais e mais semelhante a Cristo, e mais desejoso de salvar as pessoas, a aquisição do Seu sangue. FD 7 4 Alguns podem fazer mais que outros, mas todos podem fazer alguma coisa. As mulheres não devem sentir que estão dispensadas em virtude de seus deveres domésticos. Devem mostrar-se inteligentes no sentido de provar que podem fazer muito de maneira metódica e com sucesso em levar pessoas a Cristo. Se todos sentissem a importância de produzir até o máximo de sua capacidade na obra de Deus, tendo profundo amor pelas pessoas, sentindo sobre si o fardo da obra, centenas que até aqui têm estado insensíveis e desinteressados, nada realizando ou muito pouco fazendo, estariam empenhados como obreiros ativos. FD 7 5 Em muitos casos o lixo do mundo tem obstruído os canais da alma. O egoísmo controla a mente e perverte o caráter. Estivesse a vida escondida com Cristo em Deus, seu serviço não seria enfadonho. Se o inteiro coração fosse consagrado a Deus, todos encontrariam algo que fazer e almejariam ter parte na obra. Semeariam junto a todas as águas, orando e crendo que o fruto haveria de aparecer. Obreiros tementes a Deus, operosos, estarão em crescimento, orando em fé por graça e sabedoria celestial para que possam fazer a obra que lhes toca com alegria e disposição de mente. Buscarão os divinos raios de luz, a fim de poderem iluminar os passos de outros. -- Beneficência Social, 165, 166. FD 8 1 Aqueles que são colaboradores de Deus não terão a disposição de envolver-se nas várias formas de divertimento; não sairão em busca de felicidade e satisfação. Ao assumirem sua obra no temor de Deus, e prestarem serviço ao Mestre, conseguirão a mais substancial felicidade. Ligados a Jesus Cristo, serão sábios para a salvação. Serão árvores frutíferas. Desenvolverão uma vida irrepreensível, um formoso caráter. A grande obra da redenção será a sua prioridade. Comida, bebida, vestuário, casas e terras serão assuntos secundários. A paz de Deus no íntimo expulsará os ressecados ou retorcidos ramos de egoísmo, vaidade, orgulho e indolência. A fé e a prática constituem a vida do cristão. Não atingimos o padrão do cristianismo por meramente professarmos a Cristo e termos o nome no livro da igreja. Devemos ser, individualmente, obreiros de Cristo. Mediante esforço pessoal, mostramos que estamos conectados com Ele. FD 8 2 Necessitam-se mulheres cristãs. Há um vasto campo onde elas podem fazer um bom trabalho para o Mestre. Há mulheres nobres, que têm tido a coragem moral de decidir em favor da verdade manifesta no peso da evidência. Elas têm tato, percepção e boa habilidade, e podem fazer o trabalho de bem-sucedidas obreiras cristãs. Há trabalho negligenciado ou incompleto que podia ser inteiramente completado pelo auxílio que essas irmãs podem dar. Elas podem alcançar uma classe que os pastores não alcançam. Há cargos na igreja que elas podem ocupar de modo aceitável, e muitos ramos do trabalho da igreja dos quais poderiam encarregar-se, caso fossem devidamente instruídas. FD 8 3 Podem as mulheres fazer um bom trabalho no campo missionário, escrevendo cartas a amigos, descobrindo assim os seus verdadeiros sentimentos em relação à causa de Deus. Muitos itens valiosos são trazidos à luz por esse meio. Os obreiros não devem procurar a exaltação própria, mas apresentar a verdade em sua simplicidade, sempre que a oportunidade surja. Beneficência Social, 147, 148. O dinheiro que tem sido gasto com enfeites desnecessários e inúteis ornamentos deve ser dedicado à causa de Deus, e usado para levar a luz da verdade àqueles que estão nas trevas do erro. As pessoas salvas mediante seus esforços lhes serão mais preciosas do que um vestuário dispendioso e em sintonia com a última moda. As vestes brancas e a coroa com pedras preciosas, que lhes serão dadas por Cristo como recompensa por seus esforços na obra da salvação, serão mais valiosas que adornos desnecessários. As estrelas em suas coroas brilharão para todo o sempre, e lhes compensarão mil vezes a abnegação e o sacrifício próprio que exerceram na causa de Deus. FD 9 1 Mulheres de firme princípio e decidido caráter são necessárias, mulheres que crêem estarmos, sem dúvida, vivendo nos últimos dias, e que temos a última solene mensagem de advertência para ser dada ao mundo. Devem sentir que estão empenhadas numa importante obra ao espalharem os raios de luz que o Céu tem derramado sobre elas. Quando o amor de Deus e de Sua verdade é um princípio permanente, elas não permitirão que coisa alguma lhes impeça o cumprimento do dever ou as desencoraje em seu trabalho. Temerão a Deus e não se deixarão desviar das atividades em Sua causa pela tentação de situações lucrativas e atraentes perspectivas. Preservarão sua integridade a todo custo. São essas pessoas que representarão corretamente a religião de Cristo, cujas palavras serão ditas oportunamente, como maçãs de ouro em salvas de prata. Tais pessoas podem de muitos modos fazer um precioso trabalho para Deus. Ele as manda ir para o campo da seara e ajudar a colher os molhos. -- Beneficência Social, 149, 150. FD 9 2 Mulheres cristãs inteligentes podem usar os seus talentos com o maior proveito. Podem mostrar por sua vida de abnegação e por sua disposição de trabalhar ao máximo de sua capacidade, que crêem na verdade e que estão sendo santificadas por seu intermédio. Muitos necessitam um trabalho dessa espécie para desenvolver as faculdades que possuem. Esposas e mães não devem em caso algum negligenciar o marido e os filhos, mas podem fazer muito sem negligenciar os deveres do lar; e nem todas têm essas responsabilidades. FD 9 3 Quem pode ter tão profundo amor pelas pessoas por quem Cristo morreu como essas que são participantes de Sua graça? Quem pode melhor representar a religião de Cristo do que mulheres cristãs, mulheres que estão fervorosamente trabalhando para conduzir as pessoas à luz da verdade? Quem está igualmente tão bem adaptado à obra da Escola Sabatina? A verdadeira mãe é verdadeira educadora de crianças. Se com o coração imbuído do amor de Cristo ela ensina as crianças de sua classe, orando com elas e por elas, ela pode ver almas convertidas e reunidas no redil de Cristo. Eu não recomendo que a mulher procure tornar-se eleitora* ou funcionária pública; mas como missionária, ensinando a verdade por correspondência, distribuindo material impresso, conversando com as famílias e orando com as mães e os filhos, ela pode fazer muito e ser uma bênção. -- Beneficência Social, 164, 165. FD 9 4 O Senhor da vinha está dizendo a muitas mulheres que nada fazem agora: "Por que estais" ociosas? Elas podem ser instrumentos de justiça, prestando santo serviço. Foi Maria quem primeiro pregou um Jesus ressurreto; e a influência refinada e suavizante de mulheres cristãs é necessária na grande obra de pregação da verdade agora. Se houvesse vinte mulheres onde agora só há uma, que pudessem fazer da salvação de almas sua estimada tarefa, veríamos muito mais conversos à verdade. Zelosa e continuada diligência na causa de Deus fariam inteiro sucesso, e as assombraria com o seu resultado. A obra deve ser completada mediante paciência e perseverança, e nisto se manifesta a real devoção a Deus. Ele requer atos, e não apenas palavras. FD 10 1 A obra de Deus é digna dos nossos melhores esforços. Beneficência Social, 146. No cumprimento do plano divino, o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Ele ensinou os errantes e pecadores a quem veio salvar, e empenhou-Se em fervorosa oração a Seu Pai em favor deles; e nós devemos engajar-nos na mesma obra. Se isso não rebaixou a dignidade do Filho de Deus, o Criador dos mundos, deveria ser considerado humilhante demais, ou um sacrifício grande demais para os Seus seguidores? Verdadeiramente não. Por mais altas que sejam as nossas aspirações, nenhum chamado é mais elevado, santo e enobrecedor do que o de ser colaborador do Filho de Deus. FD 10 2 Estamos muitas vezes tão envolvidos com interesses egoístas que nosso coração não tem a possibilidade de dedicar-se às necessidades e carências da humanidade; estamos em falta quanto a obras de simpatia e beneficência, em ministério santo e social aos necessitados, opressos e sofredores. Beneficência Social, 146. São necessárias mulheres que não sejam enfatuadas, mas gentis nas maneiras e de humilde coração, que trabalhem na mansidão de Cristo onde quer que encontrem algo para fazer pela salvação das almas. Todos os que têm sido feitos participantes dos benefícios celestiais, devem mostrar fervor e intenso desejo de que outros que não têm os privilégios que eles desfrutam, tenham apresentadas perante si as evidências da verdade. E eles não apenas desejarão que outros tenham esse benefício, mas agirão para que o tenham, e desempenharão sua parte para alcançar esse objetivo. FD 10 3 Os que se tornam colaboradores de Deus aumentarão em poder moral e espiritual, ao passo que os que devotam seu tempo e energias para servir a si próprios, definharão, secarão e morrerão. Beneficência Social, 150, 151. As mulheres cristãs, os jovens, os de meia-idade e os idosos podem ter parte na obra de Deus para este tempo; e, ao se envolverem nessa obra segundo a oportunidade, obterão uma experiência do mais alto valor para si mesmos. No esquecimento do próprio eu, crescerão na graça. Ao treinarem a mente nessa direção, aprenderão a levar os fardos para Jesus, e compreenderão a felicidade do serviço. E virá em breve o tempo em que aqueles que semeiam com lágrimas ceifarão com júbilo. -- The Signs of the Times, 16 de Setembro de 1886. FD 10 4 O Senhor tem uma obra para as mulheres, bem como para os homens. Elas podem ocupar o seu lugar na obra nesta crise, e Ele atuará por intermédio delas. Se estiverem imbuídas com o senso do dever, e trabalharem sob a influência do Espírito Santo, terão a exata presença de espírito requerida para este tempo. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz de Sua face, e lhes dará poder que excede o dos homens. Elas podem fazer na família uma obra que os homens não conseguem, obra que alcança o íntimo da vida. Podem aproximar-se do coração daqueles a quem os homens não chegam a alcançar. Seu trabalho é necessário. -- Beneficência Social, 145. FD 11 1 Ouvimos muito acerca da educação das mulheres, e esse é um assunto que merece cuidadosa atenção. A mais elevada educação para a mulher encontra-se no cultivo adequado e equilibrado de todos os seus talentos e faculdades. O coração, a mente, o espírito, bem como o ser físico devem ser adequadamente desenvolvidos. Muitas há que são incultas no intelecto e nas maneiras. Muitas são cheias de afetação, e parece que o alvo da sua vida é exibir-se. Quando vemos esse estado de coisas, não podemos deixar de sussurrar uma oração para que Deus abençoe o mundo com mulheres que sejam desenvolvidas como deveriam, na mente e no caráter, mulheres que tenham genuína compreensão da responsabilidade que Deus lhes deu. -- The Signs of the Times, 23 de Março de 1891. FD 11 2 Se aqueles que têm recebido grande luz não responderem ao convite para tornar-se obreiros de Deus, então Deus tomará e usará os que receberam muito menos luz e muito menos oportunidades. Aqueles que operarem sua salvação com temor e tremor entenderão que é Deus quem opera neles o querer e o efetuar, segundo Lhe apraz. Deveria haver milhares, plenamente despertos e zelosos na obra de Deus, como luzes brilhantes e fulgurantes. Deveria haver milhares que conhecessem o tempo no qual estão vivendo, e que não esperassem ser impelidos, mas que fossem constrangidos pelo poder de Deus para difundir luz e abrir aos outros a verdade que é tão distintamente revelada na Palavra de Deus. Não há tempo a perder. FD 11 3 Homens e mulheres deveriam ministrar em comunidades incultas, em regiões distantes. Depois de despertado o interesse, devem introduzir o pregador, habilidoso na apresentação da verdade e preparado para instruir as famílias na Palavra de Deus. As mulheres que têm no coração a obra de Cristo, podem fazer uma boa obra no lugar em que residem. Cristo falou das mulheres que O ajudavam a apresentar a verdade a outros, e também Paulo se refere às mulheres que trabalharam com ele no evangelho. Mas quão limitada é a obra feita por aquelas que poderiam fazer uma grande obra, se quisessem! Evangelismo, 465. Famílias há que possuem meios que poderiam usar para a glória de Deus, ao irem para terras distantes a fim de deixar brilhar sua luz em boas obras para com os que necessitam de auxílio. Por que homens e mulheres não se envolvem na obra missionária, seguindo o exemplo de Cristo? -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1896.* ------------------------Capítulo 2 -- Mulheres notáveis no antigo testamento FD 12 0 O estudo da obra das mulheres em conexão com a Causa de Deus, nos tempos do Antigo Testamento, nos ensinará lições que nos habilitem a enfrentar emergências na obra hoje em dia. Talvez não sejamos levados a uma situação tão crítica e saliente como o povo de Deus no tempo de Ester; muitas vezes, porém, mulheres convertidas podem desempenhar uma parte importante em posições mais humildes. Isso, muitas têm feito, e ainda estão dispostas a fazer. -- E Recebereis Poder, 270. Eva, a mãe de todos FD 12 1 Este capítulo é baseado em Gênesis 1, 2. FD 12 2 "Os céus por Sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de Sua boca, o exército deles". Salmos 33:6. "Pois Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir". V. 9. Ele lançou "os fundamentos da Terra, para que ela não vacile em tempo nenhum". Salmos 104:5. FD 12 3 Quando a Terra saiu das mãos de seu Criador, era extraordinariamente bela. [...] A hoste angélica olhava esse cenário com deleite, e regozijava-se com as obras maravilhosas de Deus. FD 12 4 Depois que a Terra com sua abundante vida animal e vegetal fora suscitada à existência, o homem, a obra coroadora do Criador, e aquele para quem a linda Terra fora preparada, foi colocado em cena. A ele foi dado domínio sobre tudo que seus olhos poderiam contemplar; pois, "disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme à Nossa semelhança; e domine [...] sobre toda a Terra". "Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem; [...] homem e mulher os criou". Gênesis 1:26, 27. Aqui está claramente estabelecida a origem da raça humana; e o relato divino expõe tão compreensivelmente que não há lugar para conclusões errôneas. Deus criou o homem à Sua imagem. Não há aqui mistério. Não há lugar para a suposição de que o homem evoluiu, por meio de morosos graus de desenvolvimento, das formas inferiores da vida animal ou vegetal. Tal ensino rebaixa a grande obra do Criador ao nível das concepções estreitas e terrenas do homem. Os homens são tão persistentes em excluir a Deus da soberania do Universo, que degradam ao homem, e o despojam da dignidade de sua origem. Aquele que estabeleceu os mundos estelares nos altos céus, e com delicada perícia coloriu as flores do campo, Aquele que encheu a Terra e os céus com as maravilhas de Seu poder, vindo a coroar Sua obra gloriosa a fim de pôr em seu meio alguém para ser o governador da linda Terra, não deixou de criar um ser digno das mãos que lhe deram vida. A genealogia de nossa raça, conforme é dada pela inspiração, remonta sua origem não a uma linhagem de micróbios, moluscos e quadrúpedes a se desenvolverem, mas ao grande Criador. Posto que formado do pó, Adão era filho "de Deus". Lucas 3:38. [...] FD 13 1 O homem deveria ter a imagem de Deus, tanto na aparência exterior como no caráter. [...] Ele era santo e feliz, tendo a imagem de Deus, e estando em perfeita obediência à Sua vontade. FD 13 2 Ao sair o homem das mãos do Criador era de elevada estatura e perfeita simetria. O rosto trazia a rubra coloração da saúde, e resplendia com a luz da vida e com alegria. A altura de Adão era muito maior do que a dos homens que hoje habitam a Terra. Eva era um pouco menor em estatura; contudo suas formas eram nobres e cheias de beleza. Esse casal, que não tinha pecados, não fazia uso de vestes artificiais; estavam revestidos de uma cobertura de luz e glória, tal como a usam os anjos. Enquanto viveram em obediência a Deus, esta veste de luz continuou a envolvê-los. [...] FD 13 3 O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "adjutora" -- ajudadora esta que lhe correspondesse -- a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nesta relação. "Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta". Efésios 5:29. "Portanto deixará o varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne". Gênesis 2:24. [...] FD 13 4 A criação estava agora completa. "Os céus, e a Terra e todo o seu exército foram acabados". Gênesis 2:1. "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom". Gênesis 1:31. O Éden florescia sobre a Terra. Adão e Eva tinham franco acesso à árvore da vida. Nenhuma mancha de pecado ou sombra de morte deslustrava a formosa criação. "As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. FD 13 5 Nossos primeiros pais, se bem que criados inocentes e santos, não foram colocados fora da possibilidade de praticar o mal. Deus os fez como seres morais livres, capazes de apreciar a sabedoria e benignidade de Seu caráter, e a justiça de Suas ordens, e com ampla liberdade de prestar obediência ou recusá-la. Deviam desfrutar comunhão com Deus e com os santos anjos; antes, porém, que pudessem tornar-se eternamente livres de perigo, devia ser provada sua fidelidade. [...] FD 14 1 Enquanto permanecessem fiéis a Deus, Adão e sua companheira deveriam exercer governo sobre a Terra. Foi lhes dado domínio ilimitado sobre todo ser vivente. O leão e o cordeiro brincavam pacificamente em redor deles, ou deitavam-se aos seus pés. Os ditosos pássaros esvoaçavam ao seu redor, sem temor; e, ao ascenderem seus alegres cantos em louvor ao Criador, Adão e Eva uniam-se a eles em ações de graças ao Pai e ao Filho. [...] FD 14 2 Os anjos haviam advertido Eva de que tivesse o cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim; junto dele estaria em menor perigo de tentação, do que se estivesse sozinha. Mas, absorta em sua aprazível ocupação, inconscientemente se desviou de seu lado. [...] Logo se achou a contemplar, com um misto de curiosidade e admiração, a árvore proibida. O fruto era muito belo, e ela perguntava a si mesma por que Deus os privara desse fruto. Essa era a oportunidade do tentador. Como se fosse capaz de distinguir as cogitações de seu espírito, a ela assim se dirigiu: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" Gênesis 3:1. [...] FD 14 3 O tentador insinuou que a advertência divina não devia ser efetivamente cumprida; destinava-se simplesmente a intimidá-los. [...] FD 14 4 Eva creu realmente nas palavras de Satanás, mas a sua crença não a salvou da pena do pecado. Descreu das palavras de Deus, e isto foi o que a levou à queda. No Juízo, os homens não serão condenados porque conscienciosamente creram na mentira, mas porque não acreditaram na verdade, porque negligenciaram a oportunidade de aprender o que é a verdade. [...] FD 14 5 Quando [Eva] viu "que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu". Gênesis 3:6. Era agradável ao paladar; e, enquanto comia, pareceu-lhe sentir um poder vivificador, e imaginou-se a entrar para uma esfera mais elevada de existência. Sem receio apanhou e comeu. E agora, havendo ela transgredido, tornou-se o agente de Satanás para efetuar a ruína de seu esposo. Em um estado de exaltação estranha e fora do natural, com as mãos cheias do fruto proibido, procurou a presença dele, e relatou tudo que ocorrera. FD 14 6 Uma expressão de tristeza sobreveio ao rosto de Adão. Mostrou-se atônito e alarmado. Às palavras de Eva replicou que isso devia ser o adversário contra quem haviam sido advertidos; e pela sentença divina ela deveria morrer. Em resposta insistiu com ele para comer, repetindo as palavras da serpente, de que certamente não morreriam. Ela raciocinava que isto deveria ser verdade, pois que não sentia evidência alguma do desagrado de Deus, mas ao contrário experimentava uma influência deliciosa, alegre, a fazer fremir toda a faculdade de uma nova vida, influência tal, imaginava ela, como a que inspirava os mensageiros celestiais. FD 15 1 Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de Deus, desrespeitara a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta íntima. Lamentava que houvesse permitido desviar-se Eva de seu lado. Agora, porém, a ação estava praticada; devia separar-se daquela cuja companhia fora sua alegria. Como poderia suportar isso? [...] FD 15 2 Resolveu partilhar sua sorte; se ela devia morrer, com ela morreria ele. Afinal, raciocinou, poderiam não ser verdadeiras as palavras da sábia serpente? Eva estava diante dele, tão bela, e aparentemente tão inocente como antes deste ato de desobediência. Exprimia maior amor para com ele do que antes. Nenhum sinal de morte aparecia nela, e ele se decidiu a afrontar as conseqüências. Tomou o fruto, e o comeu rapidamente. -- Patriarcas e Profetas, 44-48, 50, 53-57. FD 15 3 Não tivessem Adão e Eva desobedecido ao seu Criador, tivessem eles permanecido no caminho da perfeita retidão, e poderiam ter conhecido e compreendido a Deus. Mas quando ouviram a voz do tentador, e pecaram contra Deus, a luz das vestes da inocência celestial se afastou deles; e, separados das vestes da inocência, aconchegaram a si as negras vestes da ignorância a respeito de Deus. A clara e perfeita luz que até aí os tinha circundado tinha iluminado todas as coisas de que se aproximavam; mas, privados dessa luz celeste, a posteridade de Adão não pôde por mais tempo reconhecer o caráter de Deus em Suas obras criadas. -- Mensagens Escolhidas 1:291. Sara, esposa de Abraão, mãe de nações FD 15 4 Este capítulo é baseado em Gênesis 11-23. FD 15 5 Foi feita a Abraão a promessa de uma posteridade numerosa e de grandeza nacional, promessa especialmente acatada pelo povo daquela época: "Far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção". E a isto acrescentou-se esta certeza, mais preciosa do que todas as outras para o herdeiro da fé, de que o Redentor do mundo viria de sua linhagem: "Em ti serão benditas todas as famílias da Terra". Gênesis 12:2, 3. Contudo, como primeira condição de cumprimento, deveria haver uma prova para a fé; um sacrifício foi exigido. FD 15 6 Veio a Abraão a mensagem de Deus: "Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei". Gênesis 12:1. A fim de que Deus o pudesse habilitar para a sua grande obra, como guardador dos oráculos sagrados, Abraão devia desligar-se das relações de sua vida anterior. A influência de parentes e amigos incompatibilizar-se-ia com o ensino que o Senhor Se propunha a dar a Seu servo. Agora que Abraão estava, em sentido especial, ligado ao Céu, devia habitar entre estranhos. Seu caráter devia ser peculiar, diferindo de todo o mundo. Ele não podia nem mesmo explicar sua maneira de proceder, de modo que fosse compreendido por seus amigos. As coisas espirituais são discernidas espiritualmente, e seus intuitos e ações não eram entendidos por seus parentes idólatras. FD 16 1 "Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia". Hebreus 11:8. [...] FD 16 2 Além de Sara, mulher de Abraão, apenas Ló, filho de Harã, falecido havia muito, optara partilhar da vida peregrina do patriarca. [...] FD 16 3 Durante sua permanência no Egito, Abraão deu prova de que não estava livre de fraqueza e imperfeição humana. Ocultando o fato de que Sara era sua esposa, evidenciou desconfiança no cuidado divino, falta daquela fé e coragem sublime tão freqüente e nobremente exemplificada em sua vida. Sara era "formosa à vista", e ele não duvidou de que os egípcios de pele morena, cobiçariam a bela estrangeira, e que, a fim de consegui-la, não teriam escrúpulo de matar seu marido. Raciocinou que não seria culpado de falsidade ao apresentar Sara como sua irmã; pois que era filha de seu pai, posto que não de sua mãe. FD 16 4 Mas esta ocultação da verdadeira relação entre eles, era engano. Nenhum desvio da estrita integridade pode encontrar a aprovação de Deus. Devido à falta de fé por parte de Abraão, Sara foi posta em grande perigo. O rei do Egito, sendo informado de sua beleza, fez com que ela fosse levada ao seu palácio, com o objetivo de fazer dela sua esposa. Mas o Senhor, em Sua grande misericórdia, protegeu Sara, enviando juízos sobre a casa real. Por esse meio o rei soube a verdade a tal respeito; e, indignado pelo engano praticado para com ele, reprovou Abraão, e restituiu-lhe a esposa, dizendo: "Que é isto que me fizeste? [...] Por que disseste: É minha irmã? de maneira que a houvera tomado por minha mulher; agora, pois, eis aqui tua mulher; toma-a e vai-te". Gênesis 12:18, 19. [...] FD 16 5 Abraão voltou para Canaã "muito rico em gado, em prata, e em ouro". Gênesis 13:2. Ló ainda estava com ele, e novamente vieram a Betel, e armaram suas tendas ao lado do altar que haviam construído anteriormente. [...] FD 16 6 Em uma visão da noite ouviu de novo a voz divina. "Não temas, Abraão", foram as palavras do Príncipe dos príncipes; "Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão". Gênesis 15:1-5. Mas sua mente estava tão oprimida com sinais que ele não pôde então apreender a promessa com implícita confiança, como antes fazia. Orou pedindo alguma prova palpável de que ela se cumpriria. E como deveria cumprir-se a promessa do concerto, enquanto o dom de um filho lhe era recusado? "Que me hás de dar", disse ele, "pois ando sem filhos?" Gênesis 15:2. "E eis que um nascido na minha casa será o meu herdeiro". Gênesis 15:3. Propôs fazer de seu fiel servo Eliézer seu filho adotivo, e herdeiro de suas posses. Mas foi-lhe assegurado que um filho dele mesmo seria o seu herdeiro. Levado para fora de sua tenda, foi-lhe dito que olhasse para as incontáveis estrelas a resplandecer nos céus; e, fazendo ele isto, foram proferidas estas palavras: "Assim será a tua semente". Gênesis 15:5. "Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça". Romanos 4:3. [...] FD 17 1 Abraão aceitara sem pôr em dúvida a promessa de um filho, mas não esperou que Deus cumprisse a palavra no tempo e maneira que Ele o entendia. Foi permitida uma demora para provar sua fé no poder de Deus; mas ele não pôde suportar a prova. Achando impossível que lhe fosse dado um filho em sua avançada idade, Sara sugeriu, como um plano pelo qual o propósito divino poderia cumprir-se, que uma de suas servas fosse tomada por Abraão como segunda mulher. A poligamia se tornara tão espalhada que deixara de ser considerada como pecado; mas nem por isso deixava de ser uma violação da lei de Deus, e era de resultado fatal à santidade e paz na relação da família. Do casamento de Abraão com Hagar resultaram males, não somente para a sua própria casa, mas para as gerações futuras. [...] FD 17 2 Quando Abraão tinha quase cem anos de idade, a promessa de um filho foi-lhe repetida, com a informação de que o futuro herdeiro seria filho de Sara. Mas Abraão ainda não compreendeu a promessa. Sua mente de pronto volveu para Ismael, apegando-se à crença de que por meio dele os propósitos graciosos de Deus deveriam cumprir-se. Em sua afeição para com o filho, exclamou: "Oxalá que viva Ismael diante de Teu rosto". Gênesis 17:18-20. De novo foi feita a promessa, com palavras que não poderiam ser mal-compreendidas: "Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei o Meu concerto." [...] FD 17 3 O nascimento de Isaque, trazendo a realização de suas mais caras esperanças, após uma espera da duração de uma vida, encheu de alegria as tendas de Abraão e Sara. [...] FD 17 4 A instrução proporcionada a Abraão, no tocante à santidade da relação matrimonial, deve ser uma lição para todos os tempos. Declara que os direitos e a felicidade desta relação devem ser cuidadosamente zelados, mesmo com grande sacrifício. Sara era a única esposa legítima de Abraão. Seus direitos como esposa e mãe, nenhuma outra pessoa tinha a prerrogativa de partilhar. Reverenciava seu marido, e nisto é apresentada no Novo Testamento como um digno exemplo. Mas não queria que as afeições de Abraão fossem dadas a outra; e o Senhor não a reprovou por exigir o banimento de sua rival. Tanto Abraão como Sara não confiaram no poder de Deus, e foi este erro que determinou o casamento com Hagar. FD 17 5 Deus havia chamado Abraão para ser o pai dos fiéis, e sua vida devia ser um exemplo de fé para as gerações subseqüentes. Mas sua fé não tinha sido perfeita. Mostrara falta de confiança em Deus, ocultando o fato de que Sara era sua esposa, e novamente com o seu casamento com Hagar. -- Patriarcas e Profetas, 125-127, 130, 132, 136, 137, 145-147. FD 18 1 A herança que Deus prometeu a Seu povo não está neste mundo. Abraão não teve possessão na Terra, "nem ainda o espaço de um pé". Atos dos Apóstolos 7:5. Ele possuía muitos recursos, e deles fazia uso para a glória de Deus e para o bem de seus semelhantes; mas não olhava para este mundo como sua pátria. O Senhor o chamara para deixar seus patrícios idólatras, com a promessa da terra de Canaã em possessão eterna; todavia nem ele, nem seu filho, nem o filho de seu filho, a recebeu. Quando Abraão quis um lugar para sepultar seus mortos teve de comprá-lo aos cananeus. Sua única possessão na terra da promessa foi aquele túmulo cavado na pedra, na caverna de Macpela. -- Patriarcas e Profetas, 169. FD 18 2 ["Tendo Sara vivido cento e vinte e sete anos, morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.] FD 18 3 ["Levantou-se, depois, Abraão da presença de sua morta e falou aos filhos de Hete: 'Sou estrangeiro e morador entre vós; dai-me a posse de sepultura convosco, para que eu sepulte a minha morta].' [...] FD 18 4 ["Ouve-nos, senhor: tu és príncipe de Deus entre nós; sepulta numa das nossas melhores sepulturas a tua morta; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para sepultares a tua morta". Gênesis 23:1-4, 6.] Rebeca FD 18 5 Este capítulo é baseado em Gênesis 24. FD 18 6 Abraão enviou seu servo Eliézer para escolher esposa para seu filho Isaque. Em resposta à oração de Eliézer, Deus o conduziu àquela que escolhera para ser a esposa de Isaque, Rebeca. FD 18 7 Os cananeus eram idólatras, e o Senhor tinha ordenado a Seu povo que não se casasse com eles, para não serem levados à idolatria. Abraão estava velho, e esperava logo morrer. Isaque ainda estava solteiro. Abraão temia a influência corruptora que rodeava Isaque, e estava desejoso de escolher para ele uma esposa que não o afastasse de Deus. Confiou essa tarefa ao seu fiel e experiente servo, que governava tudo que ele possuía. Abraão exigiu que o servo fizesse um solene juramento perante o Senhor, de que não tomaria esposa para Isaque, dos cananeus, mas que iria até à parentela de Abraão, que cria no verdadeiro Deus, e escolheria uma esposa para Isaque. Ele recomendou que se acautelasse e não levasse Isaque para o país de onde viera, onde quase todos estavam afetados pela idolatria. Se não encontrasse para Isaque uma esposa que estivesse pronta a deixar sua família e vir para onde ele estava, estaria livre do juramento que prestara. FD 18 8 Esse importante assunto não foi deixado com Isaque, para que ele escolhesse [uma esposa] por si mesmo, independentemente de seu pai. Abraão disse ao servo que Deus enviaria Seu anjo diante dele para dirigi-lo na escolha. O servo a quem esta missão foi confiada iniciou a sua longa jornada. Ao entrar na cidade onde habitavam os parentes de Abraão, orou fervorosamente para que Deus o guiasse na escolha da esposa para Isaque. Pediu que uma evidência positiva lhe fosse dada para não errar nesse assunto. FD 19 1 Descansou junto a um poço, que era lugar de grande ajuntamento. Aqui particularmente ele notou as maneiras recatadas e a cortês conduta de Rebeca, recebendo toda a evidência que pedira a Deus, de que Rebeca era aquela que Deus houvera por bem escolher para tornar-se a esposa de Isaque. Ela convidou o servo para a casa de seu pai. Ele então relatou ao pai de Rebeca e a seu irmão, a evidência que recebera do Senhor de que Rebeca devia tornar-se a esposa do filho de seu senhor, Isaque. FD 19 2 Disse então o servo de Abraão: "Agora, pois, se vós haveis de mostrar beneficência e verdade a meu senhor, fazei-mo saber; e se não, também mo fazei saber, para que eu olhe à mão direita, ou à esquerda". Gênesis 24:49. O pai e o irmão responderam: "Do Senhor procedeu este negócio, não podemos falar-te mal ou bem. Eis que, Rebeca está diante da tua face; toma-a, e vai-te; seja a mulher do filho de teu senhor, como tem dito o Senhor. E aconteceu que o servo de Abraão, ouvindo as suas palavras, inclinou-se à terra diante do Senhor". Gênesis 24:50-52. -- História da Redenção, 84, 85. FD 19 3 Depois de obter-se o consentimento da família, a própria Rebeca foi consultada quanto a ir ela a uma tão grande distância da casa de seu pai para casar-se com o filho de Abraão. Ela acreditava, pelo que havia tido lugar, que Deus a escolhera para ser a esposa de Isaque, e disse: "Irei". Gênesis 24:58. FD 19 4 O servo, prevendo a alegria de seu senhor pelo êxito de sua missão, estava ansioso por partir; e pela manhã puseram-se a caminho para casa. Abraão morava em Berseba, e Isaque, que estivera cuidando dos rebanhos nos territórios circunvizinhos, voltara à tenda de seu pai a fim de esperar a chegada do mensageiro, de Harã. "E Isaque saíra a orar no campo, sobre a tarde; e levantou os seus olhos, e olhou, e eis que os camelos vinham. Rebeca também levantou seus olhos, e viu a Isaque, e lançou-se do camelo. E disse ao servo: Quem é aquele varão que vem pelo campo ao nosso encontro? E o servo disse: Este é meu senhor. Então tomou ela o véu, e cobriu-se. E o servo contou a Isaque todas as coisas que fizera". Gênesis 24:63-66. [...] FD 19 5 Isaque foi altamente honrado por Deus, sendo feito herdeiro das promessas pelas quais o mundo deveria ser bendito; entretanto, aos quarenta anos de idade, sujeitou-se ao ensino de seu pai ao designar um servo experimentado e temente a Deus, a fim de escolher-lhe uma esposa. E o resultado daquele casamento, conforme é apresentado nas Escrituras, é um quadro terno e belo, de felicidade doméstica: "E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim, Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe". Gênesis 24:67. -- Patriarcas e Profetas, 173, 175. Joquebede, mãe de Moisés FD 20 0 Este capítulo é baseado em Êxodo 2. FD 20 1 O rei [egípcio] e seus conselheiros tiveram a esperança de subjugar os israelitas com rude trabalho, e assim diminuir seu número e aniquilar-lhes o espírito independente. Fracassando na realização de seu propósito, recorreram a medidas mais cruéis. Foram expedidas ordens às mulheres cujo emprego lhes dava oportunidade para executar o mandado, a fim de destruírem as crianças hebréias do sexo masculino ao nascerem. Satanás foi o instigador disso. Sabia que um libertador deveria levantar-se entre os israelitas; e, levando o rei a destruir seus filhos, esperava frustrar o propósito divino. As mulheres, porém, temiam a Deus, e não ousavam executar o cruel mandado. O Senhor aprovou o procedimento delas, e prosperou-as. O rei, irado pelo fracasso de seu desígnio, tornou a ordem mais insistente e ampla. A nação inteira foi chamada a dar caça e a matar as suas vítimas indefesas. "Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida". Êxodo 1:22. FD 20 2 Enquanto esse decreto estava em vigor, um filho foi nascido a Anrão e Joquebede, israelitas devotos da tribo de Levi. A criança era "um menino formoso" (Êxodo 2:2); e os pais, crendo que o tempo da libertação de Israel estava se aproximando, e que Deus levantaria um libertador para Seu povo, resolveram que seu filhinho não fosse sacrificado. A fé em Deus fortalecia o seu coração, "e não temeram o mandamento do rei". Hebreus 11:23. -- Patriarcas e Profetas, 242, 243. FD 20 3 Quando esse cruel decreto estava na sua maior força, nasceu Moisés. Sua mãe o ocultou enquanto podia ter alguma segurança, e então preparou um pequeno cesto de junco, vedando-o com piche, para que nenhuma água entrasse na pequena arca, e colocou-o na água junto à margem enquanto sua irmã ficou ali por perto com aparente indiferença. Vigiava ansiosamente para ver o que aconteceria a seu irmãozinho. FD 20 4 Os anjos também vigiavam, para que nenhum dano ocorresse à indefesa criança, ali colocada por uma amorosa mãe e confiada ao cuidado de Deus por suas ferventes orações entremeadas de lágrimas. E esses anjos guiaram os passos da filha de Faraó para o rio, bem perto de onde fora deixado o pequeno e inocente desconhecido. Sua atenção foi atraída para o pequeno e estranho cesto e ela mandou que uma de suas criadas fosse buscá-lo. Quando removeu a tampa do pequeno cesto singularmente construído, viu um lindo bebê, "e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele". Êxodo 2:6. Sabia que uma terna mãe hebréia tinha seguido este método peculiar para preservar a vida de seu bem-amado bebê, e decidiu de uma vez que ele seria seu filho. A irmã de Moisés imediatamente veio em sua direção e perguntou: "Irei eu a chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti? E a filha de Faraó disse-lhe: Vai". V. 7, 8. -- História da Redenção, 106, 107. FD 21 0 Joquebede era mulher e escrava. Sua porção na vida era humilde e seus encargos pesados. Mas, com exceção de Maria de Nazaré, por intermédio de nenhuma outra mulher recebeu o mundo maior bênção. Sabendo que seu filho logo deveria sair de sob seus cuidados, para passar aos daqueles que não conheciam a Deus, da maneira mais fervorosa se esforçou ela por unir a sua alma ao Céu. Procurou implantar em seu coração amor e lealdade para com Deus. E fielmente cumpriu esse trabalho. Aqueles princípios da verdade que eram a preocupação do ensino de sua mãe e a lição de sua vida, nenhuma influência posterior poderia induzir Moisés a renunciar. -- Educação, 61. Miriã, irmã de Moisés FD 21 1 Este capítulo é baseado em Números 12. FD 21 2 Miriã cuidou de Moisés quando sua mãe o escondeu próximo dos juncos, no rio. Posteriormente, ela se associou com Moisés e Arão na libertação do povo de Israel do Egito. Ela era talentosa e possuía muitos dons, mas o sentimento de inveja pela posição de Moisés a levou a cometer muito erros. FD 21 3 Em Hazerote, o próximo acampamento depois de saírem de Taberá, uma prova ainda mais amarga esperava Moisés. Arão e Miriã tinham ocupado posição de grande honra e de liderança em Israel. Ambos eram favorecidos com o dom de profecia e, por determinação divina, tinham estado ligados a Moisés no livramento dos hebreus. "E pus diante de ti a Moisés, Arão, e Miriã" (Miquéias 6:4), foram as palavras do Senhor pelo profeta Miquéias. FD 21 4 A força de caráter de Miriã cedo se mostrara, quando criança vigiara ao lado do Nilo a pequena cesta em que estava escondido o bebê Moisés. De seu domínio próprio e tato Deus Se servira como instrumento para preservar o libertador de Seu povo. Dotada dos dons da poesia e música, Miriã dirigira as mulheres de Israel no cântico e na dança, à margem do Mar Vermelho. Na afeição do povo e honras do Céu, estava ela apenas abaixo de Moisés e Arão. Entretanto, o mesmo mal que a princípio trouxera discórdia no Céu, surgiu no coração desta mulher de Israel, e ela não deixou de encontrar quem com ela simpatizasse em seu descontentamento. [...] FD 21 5 Deus escolhera a Moisés, e sobre ele pusera o seu Espírito; e Miriã e Arão, pelas suas murmurações, eram culpados de deslealdade, não somente para com o líder que lhes fora designado, mas para com o próprio Deus. Os sediciosos faladores foram convocados ao tabernáculo, e levados perante Moisés. "Então, o Senhor desceu na coluna de nuvem e Se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã." Sua pretensão ao dom profético não foi negada; podia ser que Deus lhes tivesse falado em visões e sonhos. Mas a Moisés, a quem o Senhor mesmo declarou "fiel em toda a Minha casa", uma comunhão mais íntima fora concedida. Com ele o Senhor falava boca a boca. "Por que, pois, não tiveste temor de falar contra o Meu servo, contra Moisés? Assim, a ira do Senhor contra eles se acendeu; e foi-Se." FD 22 1 A nuvem desapareceu do tabernáculo em sinal do desprazer de Deus, e Miriã foi castigada. Ela ficou "leprosa, como a neve". Números 12:5-10. Arão foi poupado, mas teve severa repreensão no castigo de Miriã. Com o orgulho humilhado até ao pó, Arão confessou seu pecado, e rogou que sua irmã não fosse deixada a perecer por aquele flagelo repugnante e mortal. Em resposta às orações de Moisés, a lepra foi purificada. Miriã foi, contudo, excluída do acampamento durante sete dias. O símbolo do favor divino não repousou de novo sobre o tabernáculo até que ela fosse banida do acampamento. Em atenção à sua elevada posição, pesarosos pelo golpe que sobre ela fora desferido, a multidão toda permaneceu em Hazerote, esperando sua volta. FD 22 2 Essa manifestação do desprazer do Senhor destinava-se a ser um aviso a todo o Israel, para reprimir o crescente espírito de descontentamento e insubordinação. Se a inveja e descontentamento de Miriã não houvessem sido repreendidos de maneira clara, teria resultado um grande mal. A inveja é uma das mais satânicas características que podem existir no coração humano, e uma das mais funestas em seus efeitos. [...] Foi a inveja que, a princípio, causou a discórdia no Céu, e a condescendência com ela acarretou males indizíveis entre os homens. "Onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa". Tiago 3:16. -- Patriarcas e Profetas, 382, 384, 385. FD 22 3 De Cades os filhos de Israel voltaram ao deserto; e, terminado o período de sua permanência no deserto "os filhos de Israel, a congregação toda, vieram ao deserto de Zim, no primeiro mês. Ficou o povo em Cades". Números 20:1. FD 22 4 Ali morreu Miriã e foi sepultada. Daquela cena de júbilo nas praias do Mar Vermelho, quando, com cântico e danças para celebrar a vitória de Jeová, saiu Israel, até à sepultura no deserto, a qual acabou com o peregrinar de toda a sua vida -- essa foi a experiência de milhões que com grandes esperanças haviam saído do Egito. O pecado lhes arrebatara dos lábios a taça de bênçãos. -- Patriarcas e Profetas, 410. Zípora, esposa de Moisés FD 22 5 Este capítulo é baseado em Êxodo 2. FD 22 6 Quando Moisés fugiu do Egito e foi para a terra de Midiã, ele encontrou Zípora, a filha de Jetro, e casou com ela. FD 22 7 Cedendo ao espírito de descontentamento, Miriã achou motivos de queixa nos acontecimentos que Deus de maneira especial dirigira. O casamento de Moisés lhe fora desagradável. O haver ele escolhido uma mulher de outra nação, em vez de tomar esposa dentre os hebreus, foi uma ofensa à sua família e ao orgulho nacional. Zípora era tratada com mal-disfarçado desprezo. FD 23 1 Embora fosse chamada "mulher cusita" (Números 12:1), a esposa de Moisés era midianita e, assim, descendente de Abraão. Na aparência pessoal ela diferia dos hebreus, tendo a pele de cor um pouco mais escura. Mesmo não sendo israelita, Zípora era adoradora do verdadeiro Deus. Tinha disposição tímida, acanhada, e era gentil, afetuosa, e grandemente sensível à vista do sofrimento. -- Patriarcas e Profetas, 383. FD 23 2 Em caminho [para o Egito], quando vinha de Midiã, Moisés recebeu uma advertência assustadora e terrível, a respeito do desagrado do Senhor. Um anjo apareceu-lhe de maneira ameaçadora, como se o fosse imediatamente destruir. Explicação alguma se dera; Moisés, porém, lembrou-se de que havia desatendido um dos mandos de Deus; cedendo à persuasão de sua esposa, negligenciara efetuar o rito da circuncisão em seu filho mais moço. Deixara de satisfazer a condição pela qual seu filho poderia ter direito às bênçãos do concerto de Deus com Israel; e tal negligência por parte do dirigente escolhido de Israel não poderia senão diminuir a força dos preceitos divinos sobre o povo. Zípora, temendo que seu marido fosse morto, efetuou ela mesma o rito, e o anjo então permitiu a Moisés que prosseguisse com a jornada. Em sua missão junto a Faraó, devia Moisés ser colocado em posição de grande perigo; sua vida unicamente podia ser preservada pela proteção dos anjos. Enquanto vivesse, porém, na negligência de um dever conhecido, não estaria livre de perigo; pois não poderia estar protegido pelos anjos de Deus. FD 23 3 No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados pelo ministério de anjos celestiais; não haverá segurança para o transgressor da lei de Deus. Os anjos não poderão proteger, então, aqueles que estão desrespeitando um dos preceitos divinos. -- Patriarcas e Profetas, 255, 256. Raabe FD 23 4 Este capítulo é baseado em Josué 2, 6; Hebreus 11:30, 31. FD 23 5 Raabe era uma prostituta que morava numa casa sobre o muro de Jericó. Ela ocultou dois espias israelitas enviados para verificar as defesas daquela cidade. Por causa de sua bondade para com eles, e sua declaração de crença em Deus, os espias prometeram que a vida de Raabe e seus familiares seria poupada quando ocorresse o ataque a Jericó. FD 23 6 Poucos quilômetros além do rio [Jordão], precisamente defronte do lugar em que os israelitas estavam acampados, achava-se a cidade de Jericó, grande e solidamente fortificada. Essa cidade era praticamente a chave de todo o território, e seria um formidável obstáculo ao êxito de Israel. Josué enviou, portanto, dois moços como espias a fim de visitarem essa cidade, e verificarem algo quanto à sua população, seus recursos, e a resistência de suas fortificações. Os habitantes da cidade, aterrorizados e cheios de suspeita, estavam constantemente alerta, e os mensageiros estiveram em grande perigo. Foram, contudo, preservados por Raabe, mulher de Jericó, com perigo de sua própria vida. Como recompensa à sua bondade, deram-lhe a promessa de proteção quando a cidade fosse tomada. -- Patriarcas e Profetas, 482, 483. FD 24 1 A cidade de Jericó era dedicada à idolatria mais extravagante. Os habitantes eram muito ricos, mas todas as riquezas que Deus lhes tinha dado consideravam como dádiva de seus deuses. Tinham ouro e prata em abundância; mas, como o povo antes do dilúvio, eram corruptos e blasfemos, e por suas obras más insultavam e provocavam o Deus do Céu. Os juízos de Deus foram suscitados contra Jericó. Ela era uma fortaleza. Mas o próprio Capitão dos exércitos do Senhor veio do Céu para liderar os exércitos celestiais num ataque contra a cidade. Anjos de Deus se apoderaram das muralhas maciças e as derrubaram. Deus tinha dito que a cidade de Jericó seria amaldiçoada e que todos haviam de perecer, exceto Raabe e sua família. Estes deviam ser poupados por causa do favor que Raabe dispensara aos mensageiros do Senhor. -- Testimonies for the Church 3:264. FD 24 2 No livramento de Israel, do Egito, espalhou-se amplamente o conhecimento do poder de Deus. Tremeu o povo belicoso da fortaleza de Jericó. "Ouvindo isto", disse Raabe, "desmaiou o nosso coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o Senhor vosso Deus é Deus em cima nos Céus, e embaixo na Terra". Josué 2:11. -- Patriarcas e Profetas, 369. FD 24 3 Todos os habitantes da cidade [de Jericó], com todo o ser vivo que nela se continha, "desde o homem até à mulher, desde o menino até ao velho, e até ao boi e gado miúdo, e ao jumento", passaram ao fio da espada. Apenas a fiel Raabe, com sua casa, foi poupada, em cumprimento da promessa dos espias. A cidade foi queimada. -- Patriarcas e Profetas, 491. FD 24 4 Ver, em Mateus 1:1-16, a genealogia de Jesus, descendente de Raabe. Débora FD 24 5 Este capítulo é baseado em Juízes 4, 5. FD 24 6 Débora, a profetisa, governou Israel durante o reinado de Jabim, um rei cananeu que foi muito cruel para com os filhos de Israel. A vida nas aldeias era dura. O povo era saqueado e fugia para as cidades fortificadas, em busca de proteção. Então o Senhor suscitou Débora, que era como uma amorosa mãe para Israel. Deus enviou por intermédio dela uma mensagem para que Baraque se preparasse para encontrar Sísera, general de Jabim, na batalha. Baraque recusou-se a ir, a menos que Débora fosse com ele. Ela concordou, mas avisou-lhe que, devido à sua falta de fé nas palavras do Senhor, a honra de matar Sísera seria de uma mulher, e não de Baraque. FD 25 1 Havendo novamente se separado de Deus pela idolatria, os israelitas foram severamente oprimidos por esses inimigos. As propriedades e até a vida do povo estavam em constante perigo. Por isso as aldeias e as habitações isoladas foram abandonadas, e o povo reuniu-se nas cidades muradas. As estradas principais não eram usadas, e as pessoas iam de um lugar para outro por caminhos pouco freqüentados. Nos lugares em que se tirava água, muitos eram assaltados e até assassinados, e para aumentar sua aflição, os israelitas estavam indefesos. Entre quarenta mil homens, não se encontrou uma só espada ou lança. FD 25 2 Durante vinte anos, os israelitas sofreram sob o jugo do opressor; então eles se voltaram de sua idolatria, e em humildade e arrependimento clamaram ao Senhor por livramento. E não clamaram em vão. Habitava em Israel uma mulher, famosa por sua religiosidade, e por meio dela o Senhor escolheu livrar o Seu povo. Seu nome era Débora. Era conhecida como profetisa, e na ausência dos costumeiros juízes, o povo se dirigia a ela em busca de conselho e justiça. FD 25 3 O Senhor comunicou a Débora o Seu propósito de destruir os inimigos de Israel, e mandou-a chamar um homem por nome Baraque, da tribo de Naftali, e dar-lhe a conhecer as instruções que recebera. Ela, então, chamou Baraque, e o instruiu a reunir dez mil homens das tribos de Naftali e Zebulom, a fim de guerrear contra o exército do rei Jabim. -- E Recebereis Poder, 259. FD 25 4 Baraque sabia que os hebreus estavam dispersos, desalentados e desarmados, e conhecia a força e destreza de seus inimigos. Embora tivesse sido escolhido pelo próprio Deus para libertar a Israel, e recebido a garantia de que Deus estaria com ele e subjugaria os seus inimigos, era tímido e receoso. Ele aceitou a mensagem de Débora como sendo a palavra de Deus, mas tinha pouca confiança em Israel, e temia que eles não obedecessem à sua convocação. E recusou envolver-se nesse empreendimento duvidoso a menos que Débora o acompanhasse e apoiasse seus esforços através de sua influência e conselho. Débora consentiu, mas garantiu-lhe que, devido à sua falta de fé, a vitória obtida não traria honra a ele, pois Sísera seria traído às mãos de uma mulher. [...] FD 25 5 Os israelitas se haviam estabelecido num local fortificado nas montanhas, a fim de aguardar uma oportunidade favorável para atacar. Animado pela certeza dada por Débora de que havia chegado o dia de assinalada vitória, Baraque conduziu seu exército pela planície aberta, e ousadamente investiu contra o inimigo. O Senhor dos Exércitos guerreou por Israel, e nem a destreza bélica nem a superioridade de homens e equipamento pôde resistir-lhes. Os exércitos de Sísera foram tomados de pânico; aterrorizados, buscavam apenas descobrir como escapar. Numerosos guerreiros foram mortos, e a força do exército invasor foi completamente destruída. Os israelitas agiram com coragem e prontidão; mas só Deus poderia ter desbaratado o inimigo, e a vitória podia ser unicamente atribuída a Ele. -- Refletindo a Cristo, 321. FD 26 1 Quando Sísera viu que seu exército fora derrotado, saltou do seu carro e escapou a pé, como um soldado comum. Aproximando-se da tenda de Héber, um dos descendentes de Jetro, o fugitivo foi convidado a encontrar abrigo ali. Na ausência de Héber, Jael, sua esposa, cortesmente ofereceu a Sísera leite para beber e uma oportunidade de repouso, e o exausto general caiu logo no sono. FD 26 2 Jael, a princípio, ignorava a identidade do hóspede, e resolveu ocultá-lo; mas quando soube, depois, que ele era Sísera, o inimigo de Deus e do Seu povo, mudou de propósito. Enquanto ele jazia adormecido diante dela, Jael dominou sua natural relutância diante de um ato como aquele, e o matou, cravando-lhe uma estaca na fonte, prendendo-o à terra. Quando Baraque, em perseguição ao inimigo, passou por aquele caminho, foi convidado por Jael a contemplar o jactancioso capitão morto, a seus pés -- morto pela mão de uma mulher. FD 26 3 Débora comemorou a vitória de Israel num cântico muito exaltado e sublime. Ela atribuiu a Deus toda a glória do livramento deles, e mandou que o povo O louvasse por Suas obras maravilhosas. E Recebereis Poder, 259. Ela conclamou os reis e príncipes das nações ao redor para que ouvissem o que Deus realizara em favor de Israel, e ficassem advertidos quanto a não causar-lhe dano. Ela mostrou que a honra e o poder pertencem a Deus, e não a homens ou a seus ídolos. Descreveu as extraordinárias manifestações da majestade e do poder divino exibidas no Sinai. Expôs perante Israel sua indefesa e aflitiva condição, sob a opressão dos inimigos, e relatou com veemente linguagem a história de sua libertação. -- The Signs of the Times, 16 de Junho de 1881. Ana, mãe de Samuel FD 26 5 Este capítulo é baseado em 1 Samuel 1, 2. FD 26 6 Ana, a primeira e mais amada esposa de Elcana, um levita, era estéril e desejava muito ter um filho. Durante as festividades anuais que aconteciam em Siló, ela orava e clamava a Deus por um filho. Eli, o sacerdote, a ouviu e lhe disse: "Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste". 1 Samuel 1:17. FD 26 7 O pai de Samuel era Elcana, levita, que morava em Ramá, nas montanhas de Efraim. Era uma pessoa rica e influente, marido bondoso e homem que temia e reverenciava a Deus. Ana, esposa de Elcana, era mulher piedosa e devota. A humildade, a integridade e uma firme confiança em Deus eram traços dominantes em seu caráter. De Ana, podia se dizer com verdade, nas palavras do Sábio: "O coração do seu marido confia nela". -- The Signs of the Times, 27 de Outubro de 1881. FD 27 1 A bênção tão ansiosamente buscada por todo hebreu era negada a esse bom casal; seu lar não se alegrava com vozes infantis; e o desejo de perpetuar seu nome levou o esposo -- assim como já havia levado muitos outros -- a contrair um segundo casamento. Mas esse passo, motivado pela falta de fé em Deus, não trouxe felicidade. Filhos e filhas foram acrescentados à casa; mas a alegria e beleza da sagrada instituição de Deus foram mareadas, e interrompera-se a paz da família. Penina, a nova esposa, era ciumenta e dotada de espírito estreito, e conduzia-se com orgulho e insolência. Para Ana, parecia a esperança estar destruída, e ser a vida um fardo pesado; enfrentou, todavia, a prova com resignada mansidão. FD 27 2 Elcana observava fielmente as ordenanças de Deus. O culto em Siló ainda era mantido; mas, por causa de irregularidades no ministério, os serviços dele, Elcana, não eram exigidos no santuário, a que, sendo ele levita, deveria comparecer. Contudo subia com sua família para adorar e sacrificar, nas reuniões aprazadas. FD 27 3 Mesmo entre as solenidades sagradas ligadas ao serviço de Deus, intrometia-se o mau espírito que lhe infelicitara o lar. Depois de apresentarem as ofertas em ações de graças, toda a família, segundo o costume estabelecido, unia-se em uma festa solene, mas alegre. Em tais ocasiões, Elcana dava à mãe de seus filhos uma porção, para ela e para cada um dos filhos e filhas; e em sinal de atenção para com Ana dava-lhe porção dupla, significando que sua afeição por ela era a mesma como se ela tivesse um filho. Então a segunda esposa, ardendo em ciúmes, reclamava a preferência, como sendo ela altamente favorecida por Deus, e escarnecia de Ana em sua condição de mulher destituída de filhos como prova do desagrado do Senhor. FD 27 4 Isso se repetia de ano em ano, até que Ana não mais o pôde suportar. Incapaz de ocultar sua mágoa, chorou sem constrangimento, e retirou-se da festa. Seu marido em vão a procurou consolar. "Por que choras? e por que não comes? e por que está mal o teu coração?" disse ele; "não te sou eu melhor do que dez filhos?" FD 27 5 Ana não proferiu censura alguma. O fardo que ela não podia repartir com amigo algum terrestre, lançou-o sobre Deus. Ansiosamente rogou que lhe tirasse a ignomínia, e lhe concedesse o precioso dom de um filho para o criar e educar para Ele. E fez um voto solene de que, se seu pedido fosse satisfeito, dedicaria o filho a Deus, mesmo desde o seu nascimento. Ana tinha-se aproximado da entrada do tabernáculo e, na angústia de seu espírito, "orou, e chorou abundantemente". Contudo, entretinha em silêncio comunhão com Deus, não proferindo nenhuma palavra. Naqueles tempos ruins, tais cenas de adoração eram raramente testemunhadas. Festins irreverentes, e mesmo embriaguez, eram coisas comuns, mesmo nas festas religiosas; e Eli, o sumo sacerdote, observando Ana, supôs que estivesse dominada pelo vinho. Julgando administrar uma repreensão merecida, disse com severidade: "Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho." FD 28 1 Condoída e surpresa, Ana respondeu brandamente: "Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido, porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor. Não tenhas, pois, a tua serva por filha de Belial; porque da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora." FD 28 2 O sumo sacerdote ficou profundamente comovido, pois era homem de Deus; e em lugar de repreensão proferiu uma bênção: "Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a tua petição que Lhe pediste." FD 28 3 A oração de Ana foi atendida; recebeu a dádiva que tão fervorosamente havia rogado. Olhando para o filho, chamou-o Samuel -- "pedido a Deus". 1 Samuel 1:8, 10, 14-16, 20. -- Patriarcas e Profetas, 569, 570. FD 28 4 Durante os primeiros três anos de vida do profeta Samuel, sua mãe lhe ensinou cuidadosamente a distinguir entre o bem e o mal. Por meio de todo objeto familiar de que estava rodeado, ela procurou levar-lhe os pensamentos para o Criador. Cumprindo o voto de dar o filho ao Senhor, com grande abnegação ela o colocou sob o cuidado de Eli, o sumo sacerdote, para ser educado para o serviço da casa de Deus. Orientação da Criança, 197. Se bem que a juventude de Samuel fosse passada no tabernáculo, dedicada ao culto de Deus, não se achava ele livre de influências más ou exemplos pecaminosos. Os filhos de Eli não temiam a Deus, nem honravam a seu pai; mas Samuel não procurava sua companhia nem seguia seus maus caminhos. Patriarcas e Profetas, 573. Seu preparo precoce levou-o a escolher manter sua integridade cristã. Que recompensa a de Ana! E que incentivo para a fidelidade o seu exemplo! -- Orientação da Criança, 197. FD 28 5 De Siló, Ana voltou silenciosamente para o seu lar em Ramá, deixando o menino Samuel para ser educado para o serviço da casa de Deus, sob a instrução do sumo sacerdote. Desde o primeiro despontar da inteligência do filho ela lhe ensinara a amar e reverenciar a Deus, e a considerar-se como sendo do Senhor. Por meio de todas as coisas conhecidas que o cercavam, procurou ela elevar seus pensamentos ao Criador. Depois de separada de seu filho, a solicitude da fiel mãe não cessou. Cada dia ele era objeto de suas orações. Cada ano ela lhe fazia, com suas próprias mãos, uma túnica para o serviço; e, subindo com o esposo para adorar em Siló, dava ao menino esta lembrança de seu amor. Cada fibra da pequena veste era tecida com uma oração para que ele fosse puro, nobre e verdadeiro. Não pedia para o filho grandezas mundanas, mas rogava fervorosamente que ele pudesse alcançar aquela grandeza a que o Céu dá valor -- que honrasse a Deus e abençoasse a seus semelhantes. -- Patriarcas e Profetas, 572. Abigail FD 29 0 Este capítulo é baseado em 1 Samuel 25. FD 29 1 Abigail era a bela, bondosa e inteligente esposa de Nabal, um homem mesquinho e violento. Por sua sábia conduta, foi capaz de evitar muito derramamento de sangue, quando seu esposo tratou Davi e seus homens com desprezo. FD 29 2 Quando Davi fugiu da face de Saul, acampou-se perto das propriedades de Nabal e protegeu os rebanhos e pastores desse homem. [...] Numa ocasião de necessidade, Davi enviou mensageiros a Nabal com uma mensagem cortês, pedindo alimento para si e seus homens, e Nabal respondeu com insolência, pagando o bem com o mal, e recusando-se a partilhar sua fartura com o próximo. Nenhuma mensagem poderia ter sido mais respeitosa do que aquela que Davi mandou a esse homem, mas Nabal acusou falsamente Davi e seus homens, a fim de justificar o próprio egoísmo, descrevendo a Davi e seu grupo como escravos fugitivos. Quando o mensageiro retornou com esse insolente escárnio, despertou-se a indignação de Davi, e ele decidiu vingar-se prontamente. -- Manuscript Releases 21:213. FD 29 3 Um dos servos de Nabal foi apressadamente a Abigail, esposa de Nabal, depois que este despedira os moços de Davi, e contou-lhe o que tinha acontecido. "Eis que Davi enviou mensageiros", disse ele, "desde o deserto a saudar o nosso amo, porém ele se lançou a eles. Todavia, aqueles homens têm-nos sido muito bons, e nunca fomos agravados deles, e nada nos faltou em todos os dias que conversamos com eles quando estávamos no campo. De muro em redor de nós nos serviram, assim de dia como de noite, todos os dias que andamos com eles apascentando as ovelhas. Olha pois, agora, e vê o que hás de fazer, porque já de todo determinado está o mal contra o nosso amo e contra toda a sua casa". 1 Samuel 25:14-17. FD 29 4 Sem consultar o esposo, ou contar-lhe sua intenção, Abigail fez um amplo suprimento de provisões, que, posto sobre jumentos, enviou adiante sob o cuidado de servos, e ela partiu para encontrar-se com o grupo de Davi. Encontrou-os no encoberto de um monte. "Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, e desceu do jumento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi, e se inclinou à terra. E lançou-se a seus pés, e disse: Ah, senhor meu, minha seja a transgressão; deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos". 1 Samuel 25:23, 24. Abigail dirigiu-se a Davi com tanta reverência como se falasse a um rei coroado. Nabal tinha escarnecedoramente exclamado: "Quem é Davi?" (1 Samuel 25:10), mas Abigail chamara-o "senhor meu." Com amáveis palavras ela procurou abrandar-lhe os sentimentos irritados, e pleiteou com ele em favor de seu esposo. Nada tendo de ostentação ou orgulho, antes cheia da sabedoria e amor de Deus, Abigail revelou a força de sua devoção para com sua casa, e esclareceu a Davi que o procedimento indelicado de seu marido de nenhuma maneira fora premeditado contra ele como uma afronta pessoal, mas que simplesmente tinha sido a explosão de uma natureza infeliz e egoísta. FD 30 1 "Agora, pois, meu senhor, vive o Senhor, e vive a tua alma, que o Senhor te impediu de vires com sangue, e de que a tua mão te salvasse; e, agora, tais quais Nabal sejam os teus inimigos e os que procuram mal contra o meu senhor." Abigail não tomou para si o crédito deste raciocínio a fim de demover a Davi de seu precipitado propósito, mas deu a Deus a honra e o louvor. Ofereceu então sua rica provisão como oferta pacífica aos homens de Davi, e ainda pleiteou como se ela mesma fora quem tivesse provocado o ressentimento do líder. -- Patriarcas e Profetas, 665, 666. FD 30 2 Embora houvesse Nabal rejeitado a necessária companhia de Davi e seus homens, naquela mesma noite fez uma festa extravagante para si e seus turbulentos amigos, e condescendeu com comida e bebida, até mergulhar na embriaguez. No dia seguinte, depois de se haverem dissipado um tanto os efeitos de seu ébrio deboche, sua esposa lhe contou como ele estivera perto da morte, e como a calamidade fora revertida. Enquanto ouvia, ele entendeu em que teria resultado o curso do mal, não fosse a prudência de Abigail, e o terror lhe encheu o coração. Paralisado de horror, sentou-se e não mais se recuperou do choque. FD 30 3 A partir dessa história, podemos ver que há circunstâncias sob as quais é apropriado que uma mulher atue pronta e independentemente, agindo com decisão por um caminho que ela sabe ser o caminho do Senhor. A esposa deve colocar-se ao lado do marido como sua igual, compartilhando todas as responsabilidades da vida, prestando o devido respeito àquele que a escolheu como companheira ao longo da vida. -- Manuscript Releases 21:214, 215. FD 30 4 O Senhor espera que a esposa respeite o marido, mas sempre como convém no Senhor. No caráter de Abigail, a esposa de Nabal, temos uma ilustração da feminilidade segundo a ordem de Cristo, enquanto seu esposo ilustra o que pode tornar-se um homem que se rende ao controle de Satanás. -- Manuscript Releases 21:213. Hulda, a profetisa FD 30 5 Este capítulo é baseado em 2 Reis 22. FD 30 6 Desde pequeno, Josias havia se empenhado em tirar partido de sua posição como rei para exaltar os princípios da santa lei de Deus. E agora, enquanto o escriba Safã lia para ele no livro da lei, o rei discerniu neste volume um tesouro de conhecimento, um poderoso aliado na obra de reforma que tanto desejava ver executada na terra. Resolveu andar na luz dos seus conselhos, e também fazer tudo que estivesse em seu poder para familiarizar seu povo com seus ensinos, e levá-los, se possível, a cultivar reverência e amor pela lei do Céu. FD 31 1 Seria, porém, possível realizar a necessária reforma? Israel havia alcançado, quase, os limites da divina paciência; logo Deus Se levantaria para punir os que haviam desonrado Seu nome. Já a ira do Senhor estava inflamada contra o povo. Oprimido pela tristeza e desânimo, Josias rasgou seus vestidos, e se prostrou perante Deus em agonia de espírito, suplicando perdão para os pecados de uma nação impenitente. FD 31 2 Por esse tempo, vivia em Jerusalém, próximo do templo, a profetisa Hulda. O espírito do rei, carregado de ansiosos pressentimentos, voltou-se para ela, e ele se determinou interrogar o Senhor por intermédio dessa mensageira escolhida, para saber, se possível, se por qualquer meio ao seu alcance poderia ele salvar o extraviado Judá, agora tão perto da ruína. FD 31 3 A gravidade da situação, e o respeito em que ele tinha pela profetisa, levaram-no a escolher como mensageiros a ela, homens dentre os primeiros do reino. "Ide", lhes ordenara ele, "consultai ao Senhor por mim e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do Senhor, que se derramou sobre nós, porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor, para fazerem conforme a tudo quanto está escrito neste livro". 2 Reis 22:13. FD 31 4 Por intermédio de Hulda o Senhor enviou a Josias a declaração de que a ruína de Jerusalém não seria evitada. Mesmo que o povo agora se humilhasse perante Deus, eles não escapariam à punição. Por tanto tempo os seus sentidos haviam sido insensibilizados pela prática do mal que se não viessem juízos sobre eles, logo retornariam às mesmas práticas pecaminosas. "Dizei ao homem que vos enviou a mim", declarou a profetisa: "Assim diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber: Todas as maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá. Porque Me deixaram, e queimaram incenso perante outros deuses, para Me provocarem à ira com toda a obra das suas mãos; portanto o Meu furor se derramou sobre este lugar, e não se apagará". V. 15-17. FD 31 5 Mas, visto que o rei havia humilhado o coração perante Deus, o Senhor reconheceria a sua pronta disposição de buscar perdão e misericórdia. A ele foi enviada a mensagem: "Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar, e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para maldição, e rasgaste os teus vestidos, e choraste perante Mim, também Eu te ouvi, diz o Senhor. Pelo que eis que Eu te ajuntarei a teus pais, e tu serás ajuntado em paz à tua sepultura, e os teus olhos não verão o mal que hei de trazer sobre este lugar". V. 19, 20. -- Profetas e Reis, 398-400. Ester FD 32 0 Este capítulo é baseado em Ester. FD 32 1 Ester era uma bela moça judia, prima de Mordecai, que a levou para a sua casa depois que os pais dela morreram, e a amou como se fosse filha. Deus a usou para salvar o povo judeu na terra da Pérsia. FD 32 2 Nos antigos tempos o Senhor operou de maneira maravilhosa através de mulheres consagradas que se uniram em Sua obra com homens que Ele escolhera para serem Seus representantes. Ele usou mulheres para alcançarem grandes e decisivas vitórias. Mais de uma vez em tempos de emergência Ele as levou na vanguarda e operou por meio delas para a salvação de muitas vidas. Beneficência Social, 158. Numa ocasião em que parecia que nenhum poder poderia salvá-los, Ester e as mulheres associadas a ela, por meio de jejum, oração e ação imediata, enfrentaram a questão, trazendo salvação a seu povo. FD 32 3 O estudo do trabalho das mulheres em conexão com a Causa de Deus, nos tempos do Antigo Testamento, nos ensinará lições que nos habilitem a enfrentar emergências na obra hoje em dia. Talvez não sejamos levados a uma situação tão crítica e saliente como o povo de Deus no tempo de Ester; muitas vezes, porém, mulheres convertidas podem desempenhar uma parte importante em posições mais humildes. Isto, muitas têm feito, e ainda estão dispostas a fazer. -- E Recebereis Poder, 270. FD 32 4 A grande maioria dos israelitas tinha escolhido permanecer na terra do seu exílio [Medo-Pérsia], antes que enfrentar as durezas da jornada de retorno e o restabelecimento de suas desoladas cidades e lares. [...] FD 32 5 Por intermédio de Hamã, o agagita, um homem inescrupuloso colocado em elevada autoridade na Medo-Pérsia, Satanás operou nessa ocasião para contrapor-se aos propósitos de Deus. Hamã acalentava amargo ódio a Mordecai, um judeu. Mordecai não havia feito a Hamã nenhum mal, mas simplesmente havia recusado mostrar-lhe reverência que traduzia culto. [...] FD 32 6 Mal orientado por falsas acusações de Hamã, Xerxes foi induzido a baixar um decreto determinando o massacre de todo povo judeu "espalhado e dividido entre os povos em todas as províncias" (Ester 3:8) do reino da Medo-Pérsia. [...] FD 32 7 Mas a trama do inimigo foi derrotada por um Poder que reina entre os filhos dos homens. Na providência de Deus, Ester, judia que temia ao Altíssimo, tinha sido escolhida como rainha do reino da Medo-Pérsia. Mordecai era um seu parente chegado. Na sua situação extrema, eles decidiram apelar a Xerxes em favor do seu povo. Ester devia aventurar-se a ir a sua presença como intercessora. "Quem sabe", dizia Mordecai, "se para tal tempo como este chegaste a este reino?" Ester 4:14. FD 32 8 A crise que Ester enfrentava demandava ação fervorosa e imediata; mas tanto ela como Mordecai sentiam que a menos que Deus operasse poderosamente em seu favor, seus próprios esforços seriam vãos. Assim Ester tomou tempo para comunhão com Deus, a fonte de sua força. "Vai", mandou ela dizer a Mordecai, "ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço". Ester 4:16. -- Profetas e Reis, 598, 600, 601. FD 33 1 Os acontecimentos que se seguiram em rápida sucessão -- a apresentação de Ester perante o rei, o assinalado favor a ela mostrado, os banquetes do rei e da rainha com Hamã como o único comensal, o sono perturbado do rei, a honra pública mostrada a Mordecai, e a humilhação e queda de Hamã após a descoberta de sua ímpia trama -- tudo pertence a uma história familiar. Deus operou maravilhosamente por Seu penitente povo; e um decreto em contrapartida baixado pelo rei, permitindo-lhes lutar por sua vida, foi rapidamente comunicado a toda parte do reino por correios a cavalo, que "apressuradamente saíram, impelidos pela palavra do rei". E "em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, entre os povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles". Ester 8:14, 16. -- Profetas e Reis, 602. ------------------------Capítulo 3 -- Mulheres notáveis no novo testamento FD 34 1 Durante os anos do ministério de Cristo na Terra, mulheres piedosas ajudaram a obra que o Salvador e Seus discípulos estavam promovendo. Se os que se opunham a essa obra houvessem podido encontrar qualquer coisa irregular no procedimento dessas mulheres, isso teria paralisado o trabalho imediatamente. Conquanto, porém, houvesse mulheres trabalhando com Cristo e com os apóstolos, todo o trabalho era dirigido segundo um plano tão elevado que se situava acima da sombra de qualquer suspeita. Não pôde ser achada ocasião alguma para a menor acusação. O pensamento de todos estava concentrado nas Escrituras, não em pessoas. A verdade era proclamada com sabedoria e com tanta clareza que todos a compreendiam. -- Evangelismo, 67, 68. Isabel, mãe de João Batista FD 34 2 Este capítulo é baseado em Lucas 1. FD 34 3 "Nos dias de Herodes, rei da Judéia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. Sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel. Ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos do Senhor. E não tinham filhos, porque Isabel era estéril, sendo eles avançados em dias. Ora, aconteceu que, exercendo ele diante de Deus o sacerdócio na ordem do seu turno, coube-lhe por sorte, segundo o costume sacerdotal, entrar no santuário do Senhor para queimar o incenso; e, durante esse tempo, toda a multidão do povo permanecia da parte de fora, orando. E eis que lhe apareceu um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do incenso. Vendo-o, Zacarias turbou-se, e apoderou-se dele o temor. Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João. Em ti haverá prazer e alegria, e muitos se regozijarão com o seu nascimento. Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado. [...] O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel". Lucas 1:5-17, 80. FD 35 1 Um anjo do Céu veio instruir a Zacarias e Isabel sobre a maneira em que deveriam preparar e educar o filho, para que pudessem trabalhar em harmonia com Deus no preparo de um mensageiro para anunciar a vinda de Cristo. Como pais, deveriam cooperar fielmente com Deus em formar em João tal caráter que o habilitasse a desempenhar a parte que Deus designara para ele como obreiro competente. João era o filho de sua velhice, o filho de um milagre, e os pais podiam ter raciocinado que ele tinha uma obra especial a fazer pelo Senhor, e que Este cuidaria dele. Mas Zacarias e Isabel não raciocinaram assim; mudaram-se para um lugar solitário, no campo, onde o filho não estivesse exposto às tentações da vida na cidade, ou não fosse induzido a separar-se dos conselhos e instrução que eles, como pais, lhe dariam. Desempenharam sua parte quanto a desenvolver no filho um caráter que em todos os sentidos atendesse ao propósito para o qual Deus determinara sua vida. Orientação da Criança, 22, 23. Por nenhuma descuidada negligência de sua parte deixaria seu filho de tornar-se bom e sábio, "para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz". Lucas 1:79. Sagradamente cumpriram sua obrigação. Maria, a mãe de Jesus FD 35 2 Este capítulo é baseado em Mateus, Marcos, Lucas e João. FD 35 3 Quando a Majestade do Céu Se tornou um bebê, e foi confiado a Maria, não tinha ela muito que oferecer pelo precioso dom. Levou ao altar apenas duas rolas, oferta designada para os pobres; mas foram um sacrifício aceitável ao Senhor. Não podia apresentar tesouros raros como os sábios do Oriente, que foram a Belém para os depor diante do Filho de Deus; contudo a mãe de Jesus não foi rejeitada devido à insignificância de sua dádiva. Foi a voluntariedade de seu coração que o Senhor tomou em consideração, e seu amor tornou suave a oferta. Assim aceitará Deus a nossa dádiva embora seja ela pequena, se for o melhor que temos, e for oferecida por amor a Ele. -- Conselhos Sobre Mordomia, 176. FD 35 4 O sacerdote realizou a cerimônia como todas as demais. Tomou a criança nos braços, e ergueu-a perante o altar. Depois de a devolver à mãe, inscreveu o nome "Jesus" na lista dos primogênitos. Mal pensava ele, enquanto a criança lhe repousava nos braços, que era a Majestade do Céu, o Rei da Glória. Não pensou o sacerdote que essa criança era Aquele de quem Moisés escrevera: "O Senhor vosso Deus vos suscitará um Profeta dentre vossos irmãos, semelhante a mim; a Este ouvireis em tudo o que vos disser". Atos dos Apóstolos 3:22. Não pensou que essa criança era Aquele cuja glória Moisés rogara ver. Mas Alguém maior do que Moisés Se achava nos braços do sacerdote; e, ao inscrever o nome do menino, inscrevia o dAquele que era o fundamento de toda a dispensação judaica. [...] FD 36 1 [Desde o início,] Maria esperava o reino do Messias no trono de Davi, mas não via o batismo de sofrimento pelo qual esse trono devia ser conquistado. Por meio de Simeão [quando Cristo foi dedicado como um bebê, no templo] fora revelado que o Messias não teria no mundo um caminho livre de obstáculos. Nas palavras dirigidas a Maria: "Uma espada traspassará também a tua própria alma", Deus, em Sua compassiva misericórdia, dá à mãe de Jesus uma indicação da angústia que já por amor dEle começara a suportar. -- O Desejado de Todas as Nações, 52, 56. FD 36 2 O menino Jesus não Se instruía nas escolas das sinagogas. Sua mãe foi Seu primeiro mestre humano. Dos lábios dela e dos rolos dos profetas, aprendeu as coisas celestiais. As próprias palavras por Ele ditas a Moisés para Israel, eram-Lhe agora ensinadas aos joelhos de Sua mãe. Ao avançar da infância para a juventude, não procurou as escolas dos rabis. Não necessitava da educação obtida de tais fontes; pois Deus Lhe servia de instrutor. [...] FD 36 3 Entre os judeus, os doze anos eram a linha divisória entre a infância e a juventude. Ao completar essa idade, um menino hebreu era considerado filho da lei, e também filho de Deus. Eram-lhe dadas especiais oportunidades para instruções religiosas, e esperava-se que participasse das festas e observâncias sagradas. Foi em harmonia com esse costume, que Jesus fez em Sua meninice a visita pascoal a Jerusalém. Como todos os israelitas devotos, José e Maria iam todos os anos assistir à Páscoa; e quando Jesus havia atingido a necessária idade, levaram-nO consigo. [...] FD 36 4 Pela primeira vez, contemplou o menino Jesus o templo. Viu os sacerdotes de vestes brancas, realizando seu solene ministério. Viu a ensangüentada vítima sobre o altar do sacrifício. Com os adoradores, inclinou-Se em oração, enquanto ascendia perante Deus a nuvem de incenso. Testemunhou os impressivos ritos da cerimônia pascoal. Dia a dia, observava mais claramente a significação dos mesmos. Cada ato parecia estar ligado a Sua própria vida. No íntimo, Ele percebia surgirem novos impulsos. Silencioso e absorto, parecia estudar a solução de um grande problema. O mistério de Sua missão desvendava-se ao Salvador. FD 36 5 Enlevado pela contemplação dessas cenas, não permaneceu ao lado dos pais. Buscou estar sozinho. Ao terminarem as cerimônias pascoais, demorou-Se ainda no pátio do templo; e, ao partirem os adoradores de Jerusalém, Jesus foi deixado para trás. FD 36 6 Nessa visita a Jerusalém, os pais de Jesus desejavam pô-Lo em contato com os grandes mestres de Israel. [...] Um aposento ligado ao templo estava sendo ocupado por uma escola sagrada, à maneira das escolas dos profetas. Ali se reuniam mestres de destaque, com os alunos, e ali foi ter o menino Jesus. Sentando-Se aos pés desses homens sérios e doutos, ouvia-lhes as instruções. -- O Desejado de Todas as Nações, 70, 75, 78. FD 37 1 Os sábios foram surpreendidos pelas perguntas que o menino Jesus fazia. Quiseram incentivá-Lo a estudar a Bíblia, e desejaram ver quanto conhecia Ele das profecias. Foi por isso que Lhe fizeram tantas perguntas. José e Maria se surpreenderam tanto diante das respostas sábias do seu Filho quanto os próprios doutores. Quando se fez uma pausa, Maria, mãe de Jesus, foi até seu Filho e perguntou: "Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à Tua procura." Então, uma luz divina resplandeceu na face de Jesus, enquanto Ele erguia a mão e dizia: "Por que Me procuráveis? Não sabíeis que Me cumpria estar na casa de Meu Pai? Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera." Não entenderam o que Ele realmente queria dizer com aquelas palavras, mas sabiam que era um verdadeiro filho, submisso às suas ordens. Embora fosse o Filho de Deus, desceu para Nazaré e sujeitou-Se a Seus pais. Conquanto Sua mãe não entendesse o significado das Suas palavras, não se esqueceu delas, mas "guardava todas estas cousas no coração". -- The Youth's Instructor, 28 de Novembro de 1895. FD 37 2 Ao voltarem José e Maria de Jerusalém, sozinhos com Jesus, Ele esperava dirigir-lhes a atenção às profecias concernentes aos sofrimentos do Salvador. Sobre o Calvário, procurou aliviar a dor de Sua mãe. Estava agora pensando nela. Maria tinha que testemunhar Sua agonia final, e Jesus desejava que ela compreendesse Sua missão, a fim de fortalecer-se para resistir, quando a espada lhe houvesse de traspassar o coração. Como Jesus estivera separado dela, e por três dias O procurara aflita, assim, quando fosse oferecido pelos pecados do mundo, estaria novamente perdido para ela três dias. E ao ressurgir Ele do sepulcro, sua tristeza se transformaria outra vez em júbilo. Mas quão melhor teria ela suportado a angústia da morte do Filho, se houvesse compreendido as Escrituras para as quais Ele lhe procurava agora volver os pensamentos! -- O Desejado de Todas as Nações, 82, 83. FD 37 3 Por doze anos de Sua vida, andou Ele pelas ruas de Nazaré e trabalhou com José no seu ofício, executando cuidadosamente os deveres que correspondiam a um filho. Até ali, não havia dado indícios de Seu peculiar caráter, ou tornado manifesta a natureza de Sua missão na Terra como Filho de Deus. Mas, naquela ocasião, tornou conhecido a Seus pais o fato de que tinha uma missão a cumprir, mais elevada e santa do que eles imaginavam, pois tinha uma obra que Lhe fora confiada por Seu Pai celeste. Maria sabia que Jesus havia negado um relacionamento filial com José e declarado Sua filiação ao Eterno. Perplexa, não compreendeu plenamente o significado das palavras quando Ele Se referiu a Sua missão. Indagava, em sua mente, se alguém teria contado a Jesus que José não era Seu verdadeiro pai, mas que Deus era Seu Pai. Maria ponderava essas coisas no coração. -- The Youth's Instructor, 13 de Julho de 1893. FD 37 4 Maria acreditava em seu coração que a santa Criança dela nascida, era o tão longamente prometido Messias; não ousava, entretanto, exprimir essa fé. Foi, através de sua existência terrestre, uma partilhadora dos sofrimentos do Filho. Com dor testemunhava as provações que Lhe sobrevinham na infância e juventude. Por justificar o que sabia ser direito em Seu procedimento, via-se ela própria em situações difíceis. Considerava as relações domésticas, e a terna solicitude da mãe em torno dos filhos, de vital importância na formação do caráter. Os filhos e filhas de José sabiam isto e, prevalecendo-se de sua ansiedade, procuravam corrigir as atitudes de Jesus segundo norma deles. -- O Desejado de Todas as Nações, 90. FD 38 1 A vida de Cristo foi assinalada pelo respeito e o amor à Sua mãe. O Desejado de Todas as Nações, 90. Ela argumentava muitas vezes com Jesus, e insistia em que Se conformasse com os desejos de Seus irmãos. Os irmãos não podiam persuadi-Lo a mudar Seus hábitos de vida, no contemplar as obras de Deus, manifestar simpatia e ternura para com os pobres, os sofredores, os desafortunados, e ao buscar aliviar os sofrimentos dos homens ou mesmo dos mudos animais. Quando os sacerdotes e mestres procuravam Maria para persuadi-la a forçar Jesus a demonstrar lealdade às suas cerimônias e tradições, ela se sentia muito perturbada. Mas a paz e a confiança lhe vinham ao turbado coração quando seu Filho apresentava as cristalinas declarações das Escrituras em apoio ao Seu proceder. -- The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1896. FD 38 2 Desde o dia em que ouvira o anúncio do anjo, no lar de Nazaré, entesourara Maria todo sinal de que Jesus era o Messias. Sua doce e abnegada existência assegurava-lhe que Ele não podia ser outro senão o Enviado de Deus. Todavia, também lhe sobrevinham dúvidas e decepções, e ela anelara o tempo em que Sua glória se houvesse de manifestar. A morte a separara de José, que com ela partilhara do mistério do nascimento de Jesus. Não havia agora ninguém mais a quem pudesse confiar suas esperanças e temores. Os dois meses anteriores tinham sido muito dolorosos. Fora separada de Jesus, em cuja simpatia encontrava conforto; ponderava as palavras de Simeão: "Uma espada traspassará também a tua própria alma" (Lucas 2:35); recordava os três dias de angústia quando julgava Jesus para sempre perdido para ela; e era com ansiedade de coração que Lhe aguardava o regresso. -- O Desejado de Todas as Nações, 145. FD 38 3 A mãe, viúva, havia lamentado os sofrimentos que Jesus suportara em Sua solidão. Sua missão messiânica causava-lhe profunda tristeza, bem como alegria. Então, por estranho que lhe parecesse, ela O encontra na festa das bodas, o mesmo filho terno e serviçal, e, contudo, não o mesmo, pois Seu semblante mudara; ela vê os vestígios da feroz luta no deserto da tentação e a evidência da celestial missão em Suas expressões e na dignidade de Sua presença. Vê que Ele está acompanhado por um grupo de homens moços, que o tratam com reverência, chamando-o de Mestre. Esses companheiros contam a Maria as coisas maravilhosas que testemunharam, não só por ocasião do batismo, como em numerosas outras ocasiões, e concluem declarando: "Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno". -- The Spirit of Prophecy 2:100. FD 39 1 Maria ouvira falar na manifestação às margens do Jordão, quando do batismo dEle. As novas foram levadas a Nazaré, evocando novamente em seu espírito as cenas que por tantos anos ocultara no coração. Como todo o Israel, Maria fora profundamente comovida pela missão de João Batista. Bem se lembrava ela da profecia feita em seu nascimento. A ligação dele com Jesus, avivava-lhe novamente as esperanças. Mas também lhe haviam chegado notícias da misteriosa retirada de Jesus para o deserto, e sentia-se opressa por aflitivos pressentimentos. [...] FD 39 2 Ao reunirem-se os convidados, muitos pareciam preocupados com algum assunto de interesse absorvente. Um contido despertar domina a assistência. Pequenos grupos conversam entre si em tom vivo mas dominado, lançando olhares indagadores para o Filho de Maria. Ao ouvir esta o testemunho dos discípulos quanto a Jesus, alegrara-se com a certeza de não haverem sido vãs suas tão longamente acariciadas esperanças. Entretanto, teria ela sido mais que humana, não se lhe houvesse misturado a essa santa alegria um traço do natural orgulho de mãe amorosa. Ao ver os muitos olhares voltados para Jesus, anelava que Ele demonstrasse aos assistentes ser realmente o Honrado de Deus. Esperava que houvesse oportunidade de Ele operar um milagre diante deles. [...] FD 39 3 Mas, se bem que Sua mãe não possuísse conceito exato da missão de Cristo, nEle confiava implicitamente. A essa fé correspondeu Jesus. Foi para honrar a confiança de Maria, e fortalecer a fé dos discípulos, que realizou o primeiro milagre. Os discípulos haveriam de encontrar muitas e grandes tentações para a incredulidade. Para eles, as profecias haviam tornado claro, indiscutível, que Jesus era o Messias. Esperavam que os guias religiosos O recebessem com confiança ainda maior que a deles. Declararam entre o povo as maravilhosas obras de Cristo e sua própria confiança na missão dEle, mas pasmaram e sentiram-se cruelmente decepcionados pela incredulidade, o preconceito profundamente arraigado e a inimizade para com Jesus, manifestados pelos sacerdotes e rabis. Os primeiros milagres do Salvador fortaleceram os discípulos para enfrentar a oposição. -- O Desejado de Todas as Nações, 144, 145, 147, 148. FD 39 4 Era costume, naqueles tempos, que as festas de casamento continuassem por vários dias. Verificou-se nessa ocasião, antes do fim da festa, haver-se esgotado a provisão de vinho. Isso causou muita perplexidade e desgosto. Era coisa fora do comum dispensar o vinho em ocasiões festivas, e a ausência do mesmo pareceria indicar falta de hospitalidade. Como parenta dos noivos, Maria ajudara nos preparativos da festa, e falou agora a Jesus, dizendo: "Não têm vinho". Essas palavras eram uma sugestão de que Ele poderia suprir a necessidade. Mas Jesus respondeu: "Mulher, que tenho eu contigo? ainda não é chegada a Minha hora". João 2:3, 4. [...] FD 39 5 Sem se desconcertar absolutamente com as palavras de Jesus, Maria disse aos que serviam à mesa: "Fazei tudo quando Ele vos disser". João 2:5. Assim fez ela o que podia para preparar o caminho para a obra de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 145, 146, 148. FD 40 1 ["Depois disso, desceu a Cafarnaum, Ele, e Sua mãe, e Seus irmãos, e Seus discípulos, e ficaram ali não muitos dias. E estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém". João 2:12, 13.] FD 40 2 ["Nisto, chegaram Sua mãe e Seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-Lo. Muita gente estava assentada ao redor dEle e Lhe disseram: Olha, Tua mãe, Teus irmãos e irmãs estão lá fora à Tua procura". Marcos 3:31, 32.] FD 40 3 Não há uma afirmação clara na Bíblia, nem no Espírito de Profecia, sobre quão freqüente, se é que existiram, outros contatos de Maria com Jesus até o momento da crucifixão. FD 40 4 "E quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali O crucificaram". Lucas 23:33. [...] Uma vasta multidão seguiu Jesus do tribunal ao Calvário. As novas de Sua condenação se espalharam por toda Jerusalém. [...] FD 40 5 Chegando ao lugar da execução, os presos foram ligados ao instrumento da tortura. [...] A mãe de Jesus, apoiada por João, o discípulo amado, seguira seu Filho ao Calvário. Vira-O desmaiar sob o peso do madeiro, e anelara suster com a mão aquela cabeça ferida, banhar aquela fronte que um dia se lhe reclinara no seio. Não lhe era, no entanto, concedido esse triste privilégio. [...] Mais uma vez seu coração desfaleceria, ao evocar as palavras em que lhe haviam sido preditas as próprias cenas que se estavam desenrolando então. [...] Deveria ela renunciar a sua fé de que Jesus era o Messias? Deveria testemunhar-Lhe a vergonha e a dor, sem ter sequer o consolo de servi-Lo em Sua aflição? Viu-Lhe as mãos estendidas sobre a cruz; foram trazidos o martelo e os pregos, e, ao serem estes cravados na tenra carne, os discípulos, profundamente comovidos, levaram da cruel cena o corpo desfalecido da mãe de Jesus. [...] FD 40 6 [Em Seu sofrimento,] enquanto o olhar de Jesus vagueava pela multidão que O cercava, uma figura Lhe prendeu a atenção. Ao pé da cruz se achava Sua mãe, apoiada pelo discípulo João. Ela não podia suportar permanecer longe de seu Filho; e João, sabendo que o fim se aproximava, trouxera-a de novo para perto da cruz. Na hora de Sua morte, Cristo lembrou-Se de Sua mãe. Olhando-lhe o rosto abatido pela dor, e depois a João, disse, dirigindo-Se a ela: "Mulher, eis aí o teu filho"; e depois a João: "Eis aí tua mãe". João 19:26, 27. João entendeu as palavras de Cristo, e aceitou o encargo. Levou imediatamente Maria para sua casa, e daquela hora em diante dela cuidou ternamente. Ó piedoso, amorável Salvador! Por entre toda a Sua dor física e mental angústia, teve solícito cuidado para com Sua mãe! Não possuía dinheiro com que lhe provesse o conforto; achava-Se, porém, entronizado na alma de João, e entregou-lhe Sua mãe como precioso legado. Assim providenciou para ela aquilo de que mais necessitava -- a terna simpatia de alguém que a amava porque ela amava a Jesus. E, acolhendo-a como santo legado, estava João recebendo grande bênção. Ela lhe era uma contínua recordação de seu querido Mestre. -- O Desejado de Todas as Nações, 741, 743, 744, 752. Maria e Marta FD 41 0 Este capítulo é baseado em Lucas 10:38-42; João 11. FD 41 1 Jesus Se hospedava freqüentemente no lar de Maria e Marta, e de seu irmão Lázaro. Marta, muitas vezes, assoberbava-se com os cuidados das tarefas diárias, enquanto Maria buscava primeiramente as palavras de Jesus. FD 41 2 Jesus, com freqüência, encontrara o repouso que Sua fatigada natureza humana requeria, na casa de Lázaro, em Betânia. Sua primeira visita, ali, ocorrera quando Ele e Seus discípulos se sentiram cansados de uma penosa viagem a pé, de Jericó a Jerusalém. Permaneceram como hóspedes no sossegado lar de Lázaro, e foram acolhidos por suas irmãs, Marta e Maria. FD 41 3 A despeito da fadiga de Jesus, Ele continuou a instrução que estivera dando a Seus discípulos pela estrada, com referência às qualificações necessárias para preparar homens para o reino do Céu. A paz de Cristo repousou sobre o lar do irmão e das irmãs. Marta se enchia de ansiedade para proporcionar conforto aos hóspedes, mas Maria fora seduzida pelas palavras de Jesus a Seus discípulos, e, vendo uma oportunidade áurea de familiarizar-se melhor com as doutrinas de Cristo, entrou silenciosamente na sala onde Ele Se sentara e, ocupando lugar aos pés de Jesus, sorvia ansiosamente cada palavra que Lhe caía dos lábios. -- The Spirit of Prophecy 2:358. FD 41 4 Ao dar Cristo Suas admiráveis lições, Maria sentava-se aos Seus pés, ouvinte atenta e reverente. Certa vez, Marta, perplexa com o cuidado de preparar a refeição, foi ter com Cristo, dizendo: "Senhor, não Te importas que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude". Lucas 10:40. Isto foi por ocasião da primeira visita de Cristo a Betânia. O Salvador e os discípulos haviam feito a pé a fatigante viagem de Jericó até lá. Marta anelava proporcionar-lhes conforto e, em sua ansiedade, esqueceu a gentileza devida ao Hóspede. Jesus lhe respondeu branda e pacientemente: "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada". Lucas 10:41, 42. Maria estava enriquecendo o espírito com as preciosas palavras caídas dos lábios do Salvador, palavras mais valiosas para ela do que as mais magníficas jóias da Terra. FD 42 5 A "uma só" coisa que Marta necessitava, era espírito calmo, devoto, mais profundo anseio de conhecimento da vida futura, imortal, e as graças necessárias ao progresso espiritual. Precisava de menos ansiedade em torno das coisas que passam, e mais pelas que permanecem para sempre. Jesus quer ensinar Seus filhos a se apoderarem de toda oportunidade de adquirir o conhecimento que os tornará sábios para a salvação. A causa de Cristo requer obreiros cuidadosos e enérgicos. Existe vasto campo para as Martas, com seu zelo no culto ativo. Sentem-se elas primeiro, porém, com Maria aos pés de Jesus. Sejam a diligência, prontidão e energia santificadas pela graça de Cristo; então a vida será uma invencível força para o bem. -- O Desejado de Todas as Nações, 525. FD 42 1 Qual Maria, precisamos assentar-nos aos pés de Jesus para dEle aprender, tendo escolhido aquela melhor parte, que jamais nos será tirada. Como Marta, precisamos ser sempre abundantes na obra do Senhor. As realizações cristãs mais altas só podem ser alcançadas mediante muito uso dos joelhos, em oração sincera. [...] Uma fibrazinha da raiz do egoísmo que permaneça na mente, brotará quando menos se espere, e assim muitos serão contaminados. -- Para Conhecê-lo, 351. FD 42 2 Lemos, no relato inspirado, que "amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro"; contudo, após ter recebido a notícia [de que Lázaro estava enfermo], "ainda Se demorou dois dias no lugar onde estava". Guiado por divina sabedoria, Ele não foi imediatamente ao encontro de Seus amados amigos. A mensagem que Lhe chegara não recebeu uma resposta imediata. Maria e Marta não disseram: "Senhor, vem logo e cura nosso irmão." Confiavam em Jesus, crendo que Ele faria o que fosse melhor em seu favor. Por fim, disse Ele a Seus discípulos: "Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo". -- Manuscript Releases 21:111. FD 42 3 Quando Ele [Jesus] chegou a Betânia, ouviu de várias pessoas que Lázaro estava morto, e sepultado fazia quatro dias. [...] Marta apressou-se a encontrá-Lo; contou-Lhe da morte do irmão, dizendo: "Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão." Em meio a seu desapontamento e pesar, ela não perdera a confiança em Jesus, e acrescentou: Também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus To concederá." Jesus fortaleceu sua fé, declarando-lhe: "Teu irmão há de ressurgir." [...] FD 42 4 Quando Jesus perguntou a Marta: "Crês isto?", ela respondeu com uma confissão de fé: "Senhor, eu tenho crido que Tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo." Dessa maneira, Marta declarou sua crença em Jesus como Messias, e na Sua capacidade de realizar qualquer obra que Lhe aprouvesse. Jesus pediu que Marta chamasse sua irmã e os amigos que tinham vindo para confortar as aflitas mulheres. Quando Maria chegou, caiu aos pés de Jesus, também chorando: "Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido." Diante de todo esse pesar, Jesus "agitou-Se no espírito, e comoveu-Se. E perguntou: Onde o sepultastes? Eles Lhe responderam: Senhor, vem e vê!" Juntos, encaminharam-se todos à sepultura de Lázaro, que era uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra. -- The Spirit of Prophecy 2:362, 363. FD 43 1 Em tudo quanto fazia, Cristo cooperava com o Pai. Tinha sempre o cuidado de tornar claro que não agia independentemente; era pela fé e a oração que Ele realizava Seus milagres. Cristo desejava que todos soubessem Suas relações para com o Pai. "Pai", disse, "graças Te dou, por Me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas Eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que Tu Me enviaste". João 11:41, 42. Ali aos discípulos e ao povo devia ser proporcionada a mais convincente prova com respeito à relação existente entre Cristo e Deus. Devia-lhes ser mostrado que a afirmação de Cristo não era um engano. FD 43 2 "E tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora". João 11:43. Sua voz, clara e penetrante, soa aos ouvidos do morto. Ao falar, a divindade irrompe através da humanidade. Em Seu rosto, iluminado pela glória de Deus, vê o povo a certeza de Seu poder. Todos os olhos se acham fixos na entrada do sepulcro. Todos os ouvidos, atentos ao mais leve som. Com intenso e doloroso interesse, aguardam todos a prova da divindade de Cristo, o testemunho que há de comprovar Sua declaração de ser o Filho de Deus, ou para sempre extinguir a esperança. FD 43 3 Há um ruído na silenciosa tumba, e o que estivera morto aparece à entrada. Seus movimentos são impedidos pela mortalha em que está envolto, e Cristo diz à estupefata assistência: "Desatai-o, e deixai-o ir." Mais uma vez lhes é mostrado que o obreiro humano deve cooperar com Deus. A humanidade deve trabalhar pela humanidade. Lázaro é desligado e aparece ao grupo, não como uma pessoa emagrecida pela doença, membros débeis e vacilantes, mas como um homem na primavera da vida, no vigor de nobre varonilidade. Brilham-lhe os olhos de inteligência e de amor para com o Salvador. Lança-se em adoração aos pés de Jesus. -- O Desejado de Todas as Nações, 536. FD 43 4 Mediante a ressurreição de Lázaro, muitos foram levados a crer em Jesus. Era plano de Deus que Lázaro morresse e fosse posto na tumba antes da chegada do Salvador. A ressurreição de Lázaro foi o milagre coroador de Cristo, e por causa dele muitos glorificaram a Deus. -- Manuscript Releases 21:111. FD 43 5 Simão* fora curado de lepra, e isso é que o atraíra a Jesus. Desejara mostrar sua gratidão e, na última visita de Cristo a Betânia, ofereceu um banquete ao Salvador e a Seus discípulos. [...] À mesa achava-Se Jesus, tendo a um lado Simão [...] e do outro Lázaro [...]. Marta servia à mesa, mas Maria escutava ansiosamente toda palavra que caía dos lábios de Jesus. Em Sua misericórdia perdoara Jesus os seus pecados, chamara do sepulcro seu bem-amado irmão, e a alma de Maria estava cheia de reconhecimento. Ouvira Jesus falar de Sua morte próxima e, em seu profundo amor e tristeza, almejara honrá-Lo. Com grande sacrifício para si, comprara um vaso de alabastro de "ungüento de nardo puro, de muito preço" (João 12:3) para com ele ungir-Lhe o corpo. Mas agora muitos diziam que Ele estava para ser coroado rei. Seu pesar transformou-se em alegria, e ansiava ser a primeira a honrar a seu Senhor. Quebrando o vaso de ungüento, derramou o conteúdo sobre a cabeça e os pés de Jesus e, depois, enquanto de joelhos chorava umedecendo-os com lágrimas, enxugava-os com os longos cabelos soltos. [...] FD 44 1 Judas contemplou a mesma com grande desagrado. [...] Disse: "Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?" João 12:5. [...] E em volta da mesa passou a murmuração: "Para que é este desperdício?" Mateus 26:8. [...] Maria ouviu as palavras de crítica. [...] Estava para se esquivar dali, quando se ouviu a voz de seu Senhor: "Deixai-a, por que a molestais?" Marcos 14:6. [...] Erguendo a voz acima dos murmúrios da crítica, disse: "Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a Mim nem sempre Me tendes. Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o Meu corpo para a sepultura". Marcos 14:6-8. -- O Desejado de Todas as Nações, 557-560. A mulher samaritana FD 44 2 Este capítulo é baseado em João 4:5-42. FD 44 3 Os judeus e os samaritanos se desprezavam. Jamais pediam algum favor um ao outro, mesmo que fosse grande a necessidade. E nunca se dirigiam a uma mulher, a menos que ela falasse primeiro. Quando Jesus, um judeu, pediu a uma samaritana um pouco de água para beber, praticou um ato inédito. O diálogo que se seguiu mudou a vida dela. FD 44 4 Quão gratos devíamos ser por ter Cristo assumido a natureza humana e Se tornado sujeito à tentação, assim como nós! Embora tomasse sobre Si a humanidade, Ele era divino. Tudo o que se atribui ao Pai, atribui-se a Cristo. Sua divindade fora revestida com a humanidade; Ele era o Criador do céu e da terra; e, enquanto esteve sobre a Terra, sentiu-Se fatigado, como os homens se sentem, e buscou repouso para a pressão constante do labor. Aquele que fizera o oceano, que rege as águas do grande abismo, e abre as fontes e rios da terra, repousou de Sua fadiga junto ao poço de Jacó, e esteve na dependência da bondade de uma estranha até quanto à dádiva de um pouco de água. -- O Desejado de Todas as Nações, 184. FD 44 5 Quando ela questionou o decoro do Seu pedido -- como era que Ele, sendo judeu, pedia água para uma samaritana -- Ele lhe falou palavras que revelaram Seu caráter divino. Disse: "Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva." FD 44 6 Quando a mulher expressou surpresa diante de Sua declaração, Ele continuou: "Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". -- The Review and Herald, 19 de Maio de 1896. FD 45 1 A mulher O olhou com atenta curiosidade; Ele conseguira despertar-lhe o interesse e inspirara respeito para consigo mesmo. Ela agora percebia que não era à água do poço de Jacó que Jesus Se referia, pois dessa usava ela continuamente, bebendo e voltando a ter sede. Com notável fé, pediu-Lhe que lhe desse da água da qual falara, para que não mais tivesse sede, nem precisasse tirá-la do poço. [...] FD 45 2 Jesus, então, mudou abruptamente o assunto da conversa, e pediu que ela chamasse o seu marido. A mulher respondeu, francamente, que não tinha marido. Jesus Se aproximara agora do desejado ponto a partir do qual podia convencê-la de que Ele tinha o poder de ler a história da sua vida, embora não a conhecesse anteriormente. Dirigiu-se a ela desta maneira: "Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade." FD 45 3 Jesus tinha um duplo objetivo em vista; desejava despertar-lhe a consciência quanto ao pecado de seu estilo de vida, bem como provar-lhe que olhos mais sábios do que a visão humana haviam lido os segredos de sua vida. Mas a mulher, embora sem entender plenamente a culpa de sua maneira de viver, ficara atônita por ver que aquele estranho possuía tal conhecimento. Com profunda reverência, disse: "Senhor vejo que és profeta." [...] FD 45 4 As palavras da verdade que caíam dos lábios do divino Mestre tocaram o coração de Sua ouvinte. Nunca ouvira ela tais sentimentos, nem dos sacerdotes de seu povo, nem dos judeus. Os marcantes ensinos daquele estranho levaram-lhe a mente ao passado, às profecias concernentes ao Cristo prometido, pois os samaritanos, bem como os judeus, aguardavam Sua vinda. "Eu sei que o Messias vem", disse ela; "quando Ele vier, nos anunciará todas as cousas." Jesus respondeu: "Eu O sou, Eu que falo contigo." FD 45 5 Bem-aventurada mulher de Samaria! Durante o diálogo, sentira-se como na presença da divindade; agora, alegremente reconhecia seu Senhor. Não exigiu dEle um milagre, como o fizeram os judeus, para provar Seu divino caráter. Aceitou Sua declaração, sentindo perfeita confiança em Suas palavras, e não questionando a santa influência que dEle emanava. -- The Spirit of Prophecy 2:141-145. FD 45 6 Ela partiu anunciando as novas: "Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo?" João 4:29. O testemunho daquela mulher converteu muitos para a fé em Cristo. Por seu relato muitos foram ouvi-Lo por si mesmos e creram por causa de Sua palavra. -- Testimonies for the Church 3:217. FD 45 7 Mostrou-se mais eficiente missionária que os próprios discípulos. Esses nada viram em Samaria que indicasse ser ela um campo promissor. Tinham os pensamentos fixos numa grande obra a ser efetuada no futuro. Não viram que mesmo junto deles estava uma colheita a fazer. Mas, por intermédio da mulher a quem desprezavam, toda uma cidade foi levada a ouvir Jesus. Ela levou imediatamente a luz a seus conterrâneos. Essa mulher representa a operação de uma fé prática em Cristo. -- A Ciência do Bom Viver, 102. A mulher que tocou a orla do manto de Jesus FD 46 0 Este capítulo é baseado em Marcos 5:25-34. FD 46 1 Essa mulher estivera doente por muitos anos. Os médicos não puderam socorrê-la, mas ela cria que, se pudesse tocar Jesus, seria curada. FD 46 2 Abra a porta do seu coração, e Cristo, o hóspede celestial, entrará. [...] Você pode ter uma fé nominal, justamente uma fé como a das pessoas que rodeavam Jesus nas ruas da Judéia, mas essa fé não o ligará a. Ele. Você precisa de uma fé semelhante à da pobre mulher que estivera enferma por muitos anos. Havia buscado o auxílio dos médicos, mas sua enfermidade piorara cada vez mais. Ela ouviu de Cristo, e teve fé nEle. Creu que, se tão-somente pudesse tocar a orla de Seu manto, seria curada. Cristo compreendeu o anseio do seu coração; Ele compreende o desejo de cada coração atraído a Ele, e o atende. Essa pobre mulher que ansiava por auxílio aproveitou sua primeira oportunidade de ir à presença de Jesus. A multidão O rodeava, mas ela forcejou por adiantar-se, até poder tocar Suas vestes, e naquele momento foi curada. Cristo entendeu que dEle havia saído poder. A mulher sentira sua desesperada necessidade, e sua fé a tornara sã. Assim será com cada um que, em sua necessidade, for a Jesus e de Seus méritos se apropriar por meio de fé viva. FD 46 3 Cristo indagou quem O havia tocado. Seus discípulos se surpreenderam por ter Ele feito essa pergunta, quando estava rodeado por uma grande multidão. Disseram: "Vês que a multidão Te aperta e dizes: Quem Me tocou?" Mas Jesus sabia que alguém O tocara, não com um toque casual, mas com o toque da fé. Uma alma anelante se estendera a Ele em busca de um auxílio que ninguém, a não ser Ele, podia dar. Jesus disse: "Bem conheci que de Mim saiu virtude." E olhou ao redor para ver quem fizera isso, e, quando a mulher viu que não podia ocultar-se, reconheceu a boa obra que nela se operara. Contou a história do seu sofrimento e desesperançada condição, e do seu ato de fé ao tocar-Lhe o manto. Ele lhe disse: "Filha, a tua fé te salvou". -- The Signs of the Times, 10 de Junho de 1889. A sogra de Pedro FD 46 4 Este capítulo é baseado em Mateus 8:14, 15. FD 46 5 Enquanto todos na sinagoga ainda se achavam sob o domínio do espanto, Jesus retirou-Se para a casa de Pedro, a fim de repousar um pouco. Mas também ali baixara uma sombra. A mãe da esposa de Pedro jazia enferma, presa de "muita febre". Jesus repreendeu a moléstia, e a doente ergueu-se, e atendeu às necessidades do Mestre e dos discípulos. -- O Desejado de Todas as Nações, 259. A mulher Cananéia FD 47 0 Este capítulo é baseado em Mateus 15:22-28. FD 47 1 Ela era uma pagã, mas tinha fé que Jesus podia curar sua filha. FD 47 2 "Eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada". Mateus 15:22. O povo dessa região pertencia à antiga linhagem cananéia. Eram idólatras, desprezados e odiados pelos judeus. A essa classe pertencia a mulher que foi ao encontro de Jesus. Era pagã, sendo portanto excluída das vantagens especiais dos judeus. Residiam entre os fenícios muitos judeus, e a notícia da obra de Cristo penetrara nessa região. Alguns dentre o povo Lhe ouviram as palavras e testemunharam as maravilhosas obras que realizava. FD 47 3 Essa mulher ouvira falar do profeta que, dizia-se, curava toda espécie de doenças. Ao ser informada de Seu poder, nasceu-lhe a esperança no coração. Inspirada pelo amor materno, decidiu apresentar-Lhe o caso de sua filha. Tinha o firme desígnio de levar sua aflição a Jesus. Ele devia curar-lhe a filha. Ela buscara auxílio dos deuses pagãos, mas não obtivera melhoras. E por vezes era tentada a pensar: Que poderá fazer por mim esse Mestre judaico? Mas fora-lhe dito: Ele cura toda espécie de doenças, sejam ricos ou pobres os que Lhe vão pedir ajuda. Decidiu não perder sua única esperança. FD 47 4 Cristo conhecia a situação dessa mulher. Sabia que O anelava ver, e colocara-Se-lhe no caminho. Mitigando-lhe a dor, poderia dar viva representação do que pretendia ensinar. [...] O povo a quem se dera todo o ensejo de compreender a verdade, desconhecia as necessidades dos que os rodeavam. Esforço algum se fazia para ajudar as almas em trevas. O muro de separação, criado pelo orgulho judaico, impedia os próprios discípulos de se compadecerem do mundo pagão. Cumpria, porém, quebrar essas barreiras. FD 47 5 Cristo não atendeu imediatamente à súplica da mulher. [...] Mas embora Jesus não respondesse, a mulher não perdeu a fé. Passando Ele, como se a não ouvisse, seguiu-O, continuando em suas súplicas. [...] Com crescente ardor insistia a mulher em sua necessidade, inclinando-se aos pés de Cristo e clamando: "Senhor, socorre-me!" [...] O Salvador fica satisfeito. Provou-lhe a fé nEle. Por Seu trato com ela, mostrou que aquela que era tida como rejeitada de Israel, não mais é estranha, mas uma filha na família de Deus. Como filha, tem o privilégio de partilhar das dádivas do Pai. Cristo assegura-lhe então o que pede, e conclui a lição dada aos discípulos. Voltando-se para ela com olhar de compaixão e amor, diz: "Ó mulher!, grande é a tua fé: seja isso feito para contigo como tu desejas." E desde aquela hora a sua filha ficou sã. Não mais o demônio a perturbou. A mulher partiu reconhecendo o Salvador, e contente com a certeza do deferimento de sua petição. -- O Desejado de Todas as Nações, 399-402. A mãe de Tiago e João FD 48 0 Este capítulo é baseado em Marcos 10:35-41. FD 48 1 Tiago e João apresentaram, por intermédio de sua mãe, um pedido para que lhes fosse permitido ocupar a mais alta posição de honra no reino de Cristo. O Salvador, porém, respondeu: "Não sabeis o que pedis". Mateus 10:38. Quão pouco muitos de nós compreendemos da verdadeira importância de nossas orações! Jesus conhecia o infinito sacrifício pelo qual seria adquirida aquela glória quando, "pelo gozo que Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta". Hebreus 12:2. Esse gozo era, por vez, pessoas salvas por Sua humilhação, Sua agonia e o derramamento de Seu sangue. -- Santificação, 56, 57. FD 48 2 Cristo não reprovou João e Tiago e sua mãe por terem feito esse pedido de sentarem-se à Sua direita e esquerda no Reino. Ao apresentar os princípios de amor que deveriam motivá-los em seu trato uns com os outros, Ele apresentou aos indignados discípulos a instrução que gostaria de vê-los praticando na vida diária. Deviam tomar Sua vida como exemplo, e seguir-Lhe os passos. FD 48 3 O apóstolo também apresenta essa questão perante nós em sua verdadeira luz, e diz: "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome. Filipenses 2:3-9. A viúva de Naim FD 48 4 Este capítulo é baseado em Lucas 7:11-15. FD 48 5 Jesus devolveu à viúva de Naim o seu único filho, que havia morrido. FD 48 6 Jesus conhece as preocupações íntimas de cada mãe. Aquele cuja mãe lutou com a pobreza e a privação, simpatiza com toda mãe em seus labores. Aquele que empreendeu uma longa viagem para aliviar o ansioso coração de uma cananéia, fará outro tanto pelas mães hoje em dia. Aquele que devolveu à viúva de Naim seu único filho, e que, em agonia na cruz Se lembrou de Sua própria mãe, comove-Se ainda hoje pela dor materna. Em todo pesar e em toda necessidade, dará conforto e auxílio. -- O Desejado de Todas as Nações, 512. FD 48 7 O Salvador ressuscitou mortos. Um destes foi o filho da viúva de Naim. Quando o cortejo fúnebre conduzia o corpo para o sepultamento, Jesus foi ao seu encontro. Tomou o jovem pela mão e fê-lo levantar-se, devolvendo o filho à sua mãe. Os que ali se achavam, voltaram para casa, gritando de alegria e louvando a Deus. -- Vida de Jesus, 79. As mulheres junto à cruz FD 49 0 Este capítulo é baseado em Lucas 23:27-31; Marcos 15:40-47. FD 49 1 Quando se julgou que Jesus desfalecia sob o peso da cruz, muitas mulheres, que, embora não cressem em Cristo, haviam sido tocadas de piedade por Seus sofrimentos, irromperam em lamentoso pranto. Quando Jesus Se reergue, contempla-as com terna compaixão. Sabia que não O estavam lamentando como um enviado de Deus, mas movidas por sentimentos de piedade humana. Olhou as mulheres que choravam e disse: "Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, mas chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos." FD 49 2 Jesus não lhes desprezou as lágrimas, porém a simpatia que haviam expressado tocou uma corda mais profunda de simpatia em Seu coração para com elas. Esqueceu-Se de Sua própria aflição ao contemplar o destino futuro de Jerusalém. Pouco tempo antes, o povo havia clamado: "Seu sangue caia sobre nós e nossos filhos." Quão cegamente haviam invocado a sentença que em breve se cumpriria! Muitas daquelas mulheres que estavam agora chorando por Jesus haveriam de perecer com seus filhos no cerco de Jerusalém. -- The Spirit of Prophecy 3:151. FD 49 3 As mulheres da Galiléia haviam permanecido com o discípulo João para ver que destino se daria ao corpo de Jesus, que lhes era muito precioso, embora sua fé nEle como o prometido Messias houvesse perecido junto com Ele. [...] As mulheres ficaram perplexas ao ver José e Nicodemos, ambos honrados e abastados membros do Conselho, ansiosos e interessados como elas próprias em relação a um condigno sepultamento do corpo de Jesus. -- The Spirit of Prophecy 3:174, 175. As mulheres junto à tumba de Jesus FD 49 4 Este capítulo é baseado em Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 19, 20. FD 49 5 Enquanto João estava aflito quanto ao sepultamento do Mestre, voltou ele com a ordem de Pilatos acerca do corpo de Cristo; e Nicodemos chegou trazendo uma custosa mistura de mirra e aloés [...] para Seu embalsamento. [...] Os discípulos surpreenderam-se de ver esses ricos príncipes tão interessados como eles próprios no sepultamento do Senhor. [...] FD 49 6 Delicada e reverentemente, [José e Nicodemos] removeram [...] do madeiro, com as próprias mãos, o corpo de Jesus. Corriam-lhes lágrimas de compaixão, ao contemplarem-Lhe o ferido e lacerado corpo. José possuía um sepulcro novo, talhado numa rocha. Reservava-o para si mesmo, mas ficava próximo do Calvário, e preparou-o então para Jesus. O corpo, com as especiarias trazidas por Nicodemos, foi cuidadosamente envolto num lençol de linho, e o Redentor levado à sepultura. Aí, os três discípulos [João, José, e Nicodemos] compuseram-Lhe os mutilados membros, e cruzaram-Lhe as mãos feridas sobre o inanimado peito. As mulheres galiléias foram ver se se fizera tudo quanto se podia fazer pelo corpo sem vida do amado Mestre. Viram então que fora rolada a pesada pedra para a entrada do sepulcro, e o Salvador deixado a repousar. As mulheres foram as últimas ao pé da cruz, e as últimas também a deixar o sepulcro. Enquanto baixavam as sombras da noite, Maria Madalena e as outras Marias demoravam-se ainda em torno do lugar em que descansava o Senhor, derramando lágrimas de dor pela sorte dAquele a quem amavam. "E, voltando elas, [...] no sábado repousaram, conforme o mandamento". Lucas 23:56. -- O Desejado de Todas as Nações, 773, 774. FD 50 1 "No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro". Mateus 28:1. Ao se aproximarem, viram que a grande pedra fora removida e que uma luz brilhava ao redor da tumba. O corpo de Jesus não estava lá, mas logo viram um anjo. -- Sermons and Talks, 281. FD 50 2 As mulheres que foram ao sepulcro, não partiram todas do mesmo lugar. Maria Madalena foi a primeira a chegar ao local; e ao ver que a pedra fora retirada, correu para anunciá-lo aos discípulos. Depois, chegaram as outras mulheres. Havia uma luz em volta do sepulcro, mas o corpo de Jesus não se achava ali. Enquanto andavam em torno, viram de repente não se encontrarem sós. Um jovem de vestes brilhantes estava sentado junto ao túmulo. Era o anjo que rolara a pedra. Tomara a forma humana, a fim de não atemorizar essas discípulas de Jesus. Todavia, brilhava-lhe ainda em torno a glória celestial, e as mulheres temeram. FD 50 3 Voltaram-se para fugir, mas as palavras do anjo lhes detiveram os passos. "Não tenhais medo", disse ele; "pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar em que o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos Seus discípulos que já ressuscitou dos mortos". Mateus 28:5-7. De novo olharam elas para o sepulcro, e tornaram a ouvir as maravilhosas novas. Outro anjo, em forma humana, ali está, e diz: "Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do homem seja entregue na mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite". Lucas 24:5-7. -- O Desejado de Todas as Nações, 788, 789. FD 50 4 "Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, olhou para dentro do túmulo e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés. Então, eles lhe perguntaram: Mulher, porque choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram." FD 51 1 Sentindo que devia encontrar alguém que lhe dissesse o que havia sido feito com Jesus, Maria se afasta da presença dos anjos. Ao fazê-lo, outra voz se dirige a ela: "Mulher, por que choras?" Com os olhos turvados pelas lágrimas, Maria vê alguém que supõe ser o jardineiro. "Senhor", diz ela, "se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu O levarei." Disse-lhe Jesus: Maria! Ao ouvir a voz familiar, ela se volta para Ele. Sabe, agora, que não é um estranho quem lhe fala. Diante de seus olhos, vê o Salvador vivo. Salta na direção dEle, como para abraçar-Lhe os pés, dizendo: "Raboni". Mas o Salvador ergue a mão e diz: "Não Me toques, porque ainda não subi para Meu Pai, mas vai ter com os Meus irmãos e dize-lhes: Subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus". -- The Youth's Instructor, 21 de Julho de 1898. FD 51 2 "Ide", disseram os anjos às mulheres, "dizei a Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis, como Ele vos disse". Mateus 28:7. [...] FD 51 3 [A mensagem foi repetida uma segunda vez:] "Dizei a Seus discípulos, e a Pedro, que Ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis". Marcos 16:7. Todos os discípulos haviam abandonado a Jesus, e o chamado para se encontrarem com Ele outra vez os inclui a todos. Ele não os rejeitou. Quando Maria Madalena lhes disse que vira o Senhor, repetiu o convite para o encontro na Galiléia. E pela terceira vez lhes foi enviada a mensagem. Depois de haver ascendido ao Pai, Jesus apareceu às outras mulheres, dizendo: "Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os Seus pés, e O adoraram. Então Jesus lhes disse: Não temais; ide dizer a Meus irmãos que vão a Galiléia, e lá Me verão". Mateus 28:10. -- O Desejado de Todas as Nações, 793. FD 51 4 Mulheres que seguiram a Jesus FD 51 5 Ellen White não discorre sobre indivíduos que seguiram a Jesus de um lugar para outro durante Seu ministério. As seguintes citações, entretanto, nos informam sobre algumas das mulheres que O seguiram e Lhe apoiaram a obra com recursos materiais. FD 51 6 Sua mãe [de Tiago e João] era seguidora de Cristo e servira-O liberalmente com seus meios. -- O Desejado de Todas as Nações, 548. FD 51 7 O registro declara "que andava Jesus de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com os seus bens. Lucas 8:1-3. Cristo e também Seus discípulos trabalhavam nas cidades e vilas; e aqueles que estavam na verdade por mais tempo do que os novos conversos serviam-nO com seus recursos. -- The Review and Herald, 3 de Fevereiro de 1891. FD 52 1 Entre os crentes aos quais foi dada a comissão, havia muitos das categorias mais humildes -- homens e mulheres que haviam aprendido a amar seu Senhor, e que tinham resolvido seguir Seu exemplo de serviço abnegado. A esses humildes, de talento limitado, assim como aos discípulos que tinham estado com o Salvador durante os anos de Seu ministério terrestre, foi dada a comissão: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura". Marcos 16:15; Liderança Cristã, 339. Esses humildes seguidores de Jesus partilhavam com os apóstolos a confortadora certeza: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século". -- The Review and Herald, 24 de Março de 1910. FD 52 2 As mulheres que tinham sido humildes seguidoras de Cristo enquanto Ele vivia, não O quiseram deixar, antes que O vissem deixado no túmulo, e uma pedra de grande peso colocada à entrada, para que não acontecesse que os inimigos procurassem obter Seu corpo. Mas não necessitavam ter medo; pois vi que o exército angelical vigiava com extraordinário interesse o lugar de descanso de Jesus, esperando com ardor a ordem para desempenharem sua parte no libertar da prisão o Rei da glória. -- Primeiros Escritos, 180, 181. FD 52 3 Maria, então, apressou-se ao encontro dos discípulos e lhes informou que Jesus não mais estava no sepulcro onde O haviam colocado. Enquanto fazia isso, as outras mulheres, que a aguardavam junto ao sepulcro, examinaram mais atentamente o interior para certificarem-se de que seu Senhor Se havia ido. Um jovem de vestes brilhantes estava sentado junto ao túmulo. Era o anjo que rolara a pedra (O Desejado de Todas as Nações, 788), e que agora assumia a forma humana para não aterrorizar as mulheres que haviam sido amigas de Cristo, e O serviram em Seu ministério público. Mas, a despeito de ter-se velado o resplendor do anjo, as mulheres ficaram muito impressionadas e atemorizadas diante da glória do Senhor, que o rodeava. Voltaram-se para fugir do sepulcro, mas o mensageiro celestial dirigiu-se a elas com palavras brandas e confortadoras: "Não temais: porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde Ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos Seus discípulos que Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis. É como vos digo!" Mateus 28:5-7. Dorcas FD 52 4 Este capítulo é baseado em Atos dos Apóstolos 9:36-42. FD 52 5 Dorcas era uma mulher muito amada, que havia sempre feito o bem e ajudado os outros, especialmente os pobres. Quando morreu, os crentes mandaram chamar Pedro, que se encontrava perto, em Lida. FD 52 6 Em Jope, havia uma certa Dorcas, cujos hábeis dedos eram mais ativos que sua língua. Ela sabia quem necessitava de roupas confortáveis e quem necessitava de simpatia, e liberalmente ministrava às necessidades de ambas as classes. E quando Dorcas morreu, a igreja em Jope sentiu sua perda. Não admira que tenham chorado e lamentado, e que lágrimas ardentes hajam caído sobre o seu corpo inanimado. Ela era de tão grande valor que pelo poder de Deus foi trazida de volta da terra do inimigo, a fim de que sua habilidade e energia pudessem ser ainda uma bênção para outros. -- Testimonies for the Church 5:304. FD 53 1 "Aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu". Atos dos Apóstolos 9:37. A igreja de Jope sentiu a sua perda; e, ouvindo que Pedro estava em Lida, os crentes lhe enviaram mensageiros "rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles. E, levantando-se Pedro, foi com eles. Quando chegou, o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestes que Dorcas fizera quando estava com elas". Atos dos Apóstolos 9:38, 39. Em vista da vida de serviços que Dorcas vivera, não admira que chorassem. [...] FD 53 2 O coração do apóstolo foi tocado de simpatia ao contemplar-lhes a tristeza. Então, determinando que os amigos em pranto se retirassem do quarto, ajoelhou-se e orou fervorosamente a Deus, para que restabelecesse Dorcas à vida e à saúde. Voltando-se para o corpo, disse: "Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e vendo a Pedro, assentou-se". Atos dos Apóstolos 9:40. Dorcas fora de grande utilidade à igreja, e Deus quis trazê-la da terra do inimigo. -- Atos dos Apóstolos, 131, 132. Lídia FD 53 3 Este capítulo é baseado em Atos dos Apóstolos 16:14, 15, 40. FD 53 4 Lídia era mercadora de Tiatira e vendia custosos tecidos de púrpura. Também era adoradora de Deus e ofereceu hospitalidade aos discípulos. FD 53 5 Chegara o tempo em que o evangelho devia ser pregado além dos confins da Ásia Menor. [...] O chamado era imperativo, não admitindo demora. [...] [Declara Lucas:] "Fomos correndo em caminho direito para a Samotrácia, e no dia seguinte para Nápoles. E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia". Atos dos Apóstolos 16:11, 12. FD 53 6 "E no dia de sábado", continua Lucas, "saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos ter lugar para oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que ali se ajuntaram. E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração." Lídia recebeu a verdade alegremente. Ela e os de sua casa foram convertidos e batizados, e ela insistiu com os apóstolos para que fizessem de sua casa o seu lar. -- Atos dos Apóstolos, 211, 212. FD 53 7 O Espírito de Deus pode unicamente iluminar o entendimento daqueles que estão dispostos a ser iluminados. Lemos que Deus abriu os ouvidos de Lídia, de modo que ela atentou para a mensagem proferida por Paulo. Declarar todo o desígnio de Deus e tudo o que era essencial que Lídia recebesse -- essa era a parte que competia a Paulo desempenhar em sua conversão; e então o Deus de toda a graça exerceu o Seu poder, conduzindo a pessoa no rumo certo. Deus e o instrumento humano cooperaram, e a obra teve pleno êxito. -- Refletindo a Cristo, 335. FD 54 1 Agindo segundo as instruções dadas por Cristo, os apóstolos não insistiram em permanecer onde sua presença não era desejada. "E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia, e, vendo os irmãos, os confortaram, e depois partiram". Atos dos Apóstolos 16:40. -- Atos dos Apóstolos, 218. Priscila FD 54 2 Este capítulo é baseado em Atos dos Apóstolos 18-28. FD 54 3 Priscila e seu esposo, Áquila, eram fabricantes de tendas. Ensinavam fielmente os outros acerca de Jesus Cristo. Paulo, sendo também fabricante de tendas, trabalhou junto com eles, ensinando-lhes mais acerca de Cristo. FD 54 4 A inveja e a ira dos judeus contra os cristãos [em Roma] não conheciam limites, e os residentes incrédulos eram constantemente instigados. Queixavam-se de que os judeus cristãos eram desordeiros e perigosos para o bem público. Apresentavam constantemente pretextos que incitassem contendas. Isso levou os cristãos a serem banidos de Roma. -- The Review and Herald, 6 de Março de 1900. FD 54 5 Logo após sua chegada a Corinto, Paulo encontrou "um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher". Esses eram "do mesmo ofício" que ele. Banidos pelo decreto de Cláudio, que ordenara que todos os judeus deixassem Roma, Áquila e Priscila tinham vindo para Corinto, onde estabeleceram um negócio como fabricantes de tendas. Paulo fez uma pesquisa com respeito a eles, e ciente de que temiam a Deus e estavam procurando evitar as contaminadoras influências de que estavam cercados, "ficou com eles, e trabalhava [...] e todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos". Atos dos Apóstolos 18:2-4. -- Atos dos Apóstolos, 349, 350. FD 54 6 O apóstolo Paulo era um competente ministro do evangelho, e mesmo assim trabalhava com as próprias mãos, realizando a humilde tarefa de fabricar tendas. Ao trabalhar manualmente, não enfraquecia a obra de comunicar a Áquila e Priscila a grande verdade do evangelho de Cristo. Esses dois homens e Priscila trabalhavam com as mãos, e as técnicas que Paulo aplicava na fabricação de tendas eram engenhosas. Ele também introduziu novos métodos ao trabalhar em favor das pessoas, pregando o evangelho de Jesus Cristo. Muitos foram levados ao conhecimento da verdade enquanto observavam o fiel trabalhador fazendo tendas para manter-se, a fim de não depender de ninguém quanto ao alimento e vestuário. Enquanto assim laborava, mostrou-se habilidoso, não remisso no zelo, fervoroso de espírito, "servindo ao Senhor." E, ao pregar a Palavra, não era menos fervoroso e eloqüente, por causa de seu tato comercial. -- Manuscript Releases 19:25. FD 55 1 Por que ligava Paulo dessa forma o trabalho manual à pregação do evangelho? Não era o operário digno do seu salário? Por que não empregava todo o seu tempo na pregação? Por que perder tempo e forças na fabricação de tendas? Mas Paulo não considerava o tempo gasto na fabricação de tendas como perdido, absolutamente. Enquanto trabalhava com Áquila, mantinha-se em contato com o grande Mestre. Dava a Áquila a instrução necessária nas coisas espirituais e também ensinou os crentes a serem unidos. Enquanto trabalhava em seu ofício, dava um exemplo de diligência e meticulosidade. Era diligente no trabalho, não remisso no zelo, fervoroso de espírito, servindo ao Senhor. Ele, Áquila e Priscila realizaram mais de uma reunião de oração e louvor com os que a eles se associavam na fabricação de tendas. Esse era um testemunho quanto ao valor da verdade que apresentavam. -- Atlantic Union Gleaner, 16 de Junho de 1909. FD 55 2 Áquila e Priscila não foram chamados a dar todo o seu tempo ao ministério evangélico; todavia esses humildes obreiros foram usados por Deus para mostrar a Apolo mais perfeitamente o caminho da verdade. O Senhor emprega vários instrumentos para a realização de Seu propósito; e enquanto alguns com talentos especiais são escolhidos para devotar todas as suas energias à tarefa de ensinar e pregar o evangelho, muitos outros, sobre quem mãos humanas nunca foram postas em ordenação, são chamados a desempenhar importante parte na obra da salvação. -- Atos dos Apóstolos, 355. FD 55 3 Depois de deixar Corinto, o próximo ponto de trabalho de Paulo foi Éfeso. Ele estava a caminho de Jerusalém, a fim de assistir a uma festividade que se aproximava; e sua permanência em Éfeso foi necessariamente breve. Disputou com os judeus na sinagoga, e tão favorável foi a impressão exercida sobre eles que insistiram para que continuasse seu trabalho entre eles. Seu plano de visitar Jerusalém impediu-o então de demorar-se, mas prometeu que voltaria para eles, "se Deus quiser". Atos dos Apóstolos 18:21. Áquila e Priscila haviam-no acompanhado a Éfeso, e ele os deixou ali para que continuassem a obra que ele havia começado. -- Atos dos Apóstolos, 269. Ana, a profetisa FD 55 4 O Espírito de Profecia estava sobre este homem de Deus [Simeão], e enquanto José e Maria ali permaneciam, admirando-se de suas palavras, ele os abençoou, e disse a Maria: "Eis que Este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado; (e uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações". Lucas 2:35, 36. FD 56 1 Também Ana, uma profetisa, entrou e confirmou o testemunho de Simeão a respeito de Cristo. Ao falar Simeão, seu rosto iluminou-se com a glória de Deus, e ela derramou suas sinceras ações de graças por lhe haver sido permitido contemplar o Cristo do Senhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 55. A esposa de Pilatos FD 56 2 O aspecto de Cristo produziu favorável impressão em Pilatos. Foi despertado o lado melhor de sua natureza. Ouvira falar de Jesus e Suas obras. Sua esposa contara-lhe alguma coisa dos maravilhosos feitos realizados pelo Profeta galileu, que curara os doentes e ressuscitara os mortos. Agora, como se fora um sonho, isso se reavivou na memória de Pilatos. Recordou boatos que ouvira de várias fontes. Decidiu indagar dos judeus quais suas acusações contra o Preso. -- O Desejado de Todas as Nações, 724. FD 56 3 Pilatos, desde o princípio, convenceu-se de que Ele não era um homem comum, mas de excelente caráter. Creu que Ele era inteiramente inocente. Os anjos que testemunhavam toda a cena notaram as convicções de Pilatos, e registraram sua simpatia e compaixão por Jesus; e, para livrá-lo de envolver-se no tremendo ato de entregar Jesus para ser crucificado, foi enviado um anjo à esposa de Pilatos para informá-la, através de um sonho, que era no julgamento do Filho de Deus que Pilatos estava envolvido, e que Ele era um inocente sofredor. Ela, de imediato, mandou avisar a Pilatos que havia sofrido muitas coisas em sonho por causa de Jesus, e o advertiu a não fazer nada contra aquele homem santo. O mensageiro que trazia a comunicação abriu apressadamente caminho entre a multidão e a entregou a Pilatos. Ao lê-la, ficou trêmulo e pálido. Imediatamente pensou em não envolver-se com a questão; se quisessem o sangue de Jesus, ele não lhes emprestaria sua influência, mas se esforçaria por libertá-Lo. [...] Se Pilatos tivesse seguido sua convicção, não teria tido participação nenhuma na condenação de Jesus. -- Spiritual Gifts 1:54-56.* ------------------------Capítulo 4 -- A importância do estudo da Bíblia e da oração FD 57 1 Todos os que desejem ser obreiros eficientes devem dedicar muito tempo à oração. A comunicação entre Deus e a alma tem de manter-se livre, a fim de os obreiros poderem reconhecer a voz de seu Comandante. A Bíblia deve ser diligentemente estudada. A verdade de Deus, como ouro, não se acha sempre à superfície; pode ser obtida unicamente mediante atenta meditação e estudo. Este estudo, não somente enriquecerá o espírito com os mais valiosos conhecimentos, como fortalecerá e ampliará a capacidade mental, proporcionando real apreciação das coisas eternas. Sejam os divinos preceitos introduzidos na vida diária; seja a vida modelada segundo a grande norma de Deus quanto à justiça, e todo o caráter será fortalecido e enobrecido. -- Obreiros Evangélicos, 76. Estudar a palavra FD 57 2 O grande livro de estudo -- A Palavra de Deus é o grande guia para os alunos de nossas escolas. A Bíblia ensina a inteira vontade de Deus para com os filhos e filhas de Adão. É a regra de vida, ensinando-nos algo sobre o caráter que precisamos formar para a futura vida imortal. Nossa fé, nossa prática, pode tornar-nos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Os homens não necessitam da pálida luz de tradições e costumes para tornar compreensíveis as Escrituras. Isto é exatamente tão sensato como supor que o Sol, brilhando nos céus ao meio-dia, precisasse da bruxuleante candeia da Terra para aumentar-lhe o brilho. As fábulas ou as declarações de sacerdotes e pastores não são necessárias para salvar do erro os alunos. Consultai o Oráculo divino, e tereis luz. Na Bíblia, todo dever é esclarecido, toda lição é compreensível, capaz de preparar os homens para a vida eterna. FD 57 3 O dom de Cristo e a iluminação do Espírito Santo nos revelam o Pai e o Filho. A Palavra é exatamente adequada para tornar homens, mulheres e jovens sábios para a salvação. Na Palavra é claramente revelada a ciência da salvação. "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra". 2 Timóteo 3:16, 17. "Examinais as Escrituras" (João 5:39), pois ali está o conselho de Deus, a voz de Deus falando à alma. -- Fundamentos da Educação Cristã, 390, 391. FD 58 1 Todos devem atingir elevado padrão de excelência -- A Bíblia deve ser um livro para estudos. As preciosas pérolas da verdade não jazem na superfície, para serem encontradas por um leitor descuidado, desinteressado. Cristo sabia o que era melhor para nós, em qualquer idade, quando ordenou: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim." Jesus, o maior mestre que o mundo conheceu, deseja que homens, mulheres, crianças e jovens alcancem o mais elevado padrão de excelência de caráter. Deseja que cheguem a um pleno desenvolvimento mental, moral e físico. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886. FD 58 2 Atentar para o que e como ouvimos -- Precisamos examinar, de tempos em tempos, conjuntamente, as razões de nossa fé. É essencial que estudemos cuidadosamente as verdades da Palavra de Deus; pois lemos que "alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios". 1 Timóteo 4:1. Estamos em grave perigo quando consideramos levianamente qualquer verdade; pois então a mente se abre para o erro. Devemos atentar para como e o que ouvimos. Não precisamos buscar entender os argumentos que os homens apresentam em apoio às suas teorias, quando se pode perceber facilmente que essas teorias não estão em harmonia com as Escrituras. Alguns que pensam possuir conhecimento científico, estão, por meio de suas interpretações, apresentando idéias errôneas tanto da ciência como da Bíblia. Deixemos que a Bíblia resolva cada questão essencial à salvação do homem. -- Medicina e Salvação, 96, 97. FD 58 3 Importante aconselhar-se com o melhor amigo Jesus -- Tome tempo para estudar a Bíblia, o Livro dos livros. Nunca houve um tempo em que foi tão importante que os seguidores de Cristo estudassem a Bíblia como agora. Influências enganosas estão por todos os lados, e é essencial que você se aconselhe com Jesus, seu melhor amigo. O viajante pode encontrar o caminho da vida mediante a fé e obediência, mediante o permanecer à luz da justiça de Cristo. Mas como entender o que significam esses termos, se não compreendemos a Bíblia? Na Palavra de Deus, o dever é tornado claro, e tudo o que se relaciona com a vida religiosa é apresentado de maneira definida. Todo o plano da salvação é delineado, e apontados os auxílios para a alma. A forma como o crente pode ser completo em Cristo é desdobrada. -- The Youth's Instructor, 18 de Maio de 1893. FD 58 4 Cultivar o gosto pela Bíblia -- A menos que se use a mente, ela cessará de expandir-se; a menos que se cultive o gosto para amar a Bíblia, ele deixará de apreciar as verdades da Palavra de Deus. O estudante só pode ver a profundidade daquilo que explora, e não aprecia o que jaz além da esfera de seus estreitos limites. Sua própria ignorância, porém, o tornará presunçoso, loquaz e jactancioso. FD 59 1 Que posso dizer a vocês, rapazes e moças, para despertar-lhes o vigor em seus esforços por superar obstáculos? O esforço mental se tornará mais fácil e satisfatório ao se empenharem na tarefa de compreender as coisas profundas de Deus. Cada um deve decidir que não será um estudante de segunda classe, que não permitirá que outros pensem em seu lugar. Deveria dizer: "Aquilo que outros conseguiram em conhecimentos e na Palavra de Deus, hei de eu alcançar mediante diligentes esforços". Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 499. Podemos conjugar as melhores energias da mente, e no senso de nossa responsabilidade para com Deus, podemos fazer o melhor possível, e não deixaremos de avançar e vencer as dificuldades. FD 59 2 Não nos sentemos em indolente comodismo, sem fazer nenhum esforço especial para realizar nossa obra. Façamos a escolha em alguma parte da grande vinha do Mestre e realizemos uma obra que exija exercício de tato e talento. Nossa Alta Vocação, 280. Tanto quanto possível, andemos na companhia dos que são intelectuais, que são capazes de detectar erros em nós e de colocar-nos em guarda contra a indolência, arrogância e o trabalho superficial. Um fanfarrão será reconhecido e tido na conta daquilo que vale, e nada mais. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. FD 59 3 O estudo da Bíblia desenvolve o intelecto -- "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade". João 17:17. A Palavra de Deus deve tornar-se o grande poder educador. Como os estudantes conhecerão a verdade, a não ser por atento, diligente e perseverante estudo da Palavra? Eis aqui o grande estímulo, a força oculta que aviva as faculdades mentais e físicas, dirigindo a vida na direção certa. Na Palavra há sabedoria, poesia, história, biografia e a mais profunda filosofia. Eis aqui um estudo que estimula a mente para uma vigorosa vida salutar, despertando-a para a atividade mais elevada. É impossível estudar a Bíblia com espírito humilde e dócil, sem desenvolver e fortalecer o intelecto. Os que melhor se acham familiarizados com a sabedoria e o propósito de Deus da maneira como foram revelados em Sua Palavra, tornam-se homens e mulheres de vigor mental; e podem tornar-se obreiros eficientes com o grande Educador, Jesus Cristo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 432. FD 59 4 Bíblia, o maior de todos os educadores -- O único livro indispensável ao estudo de todos é a Bíblia. Estudada com reverência e piedoso temor, é ela o maior de todos os educadores. Nenhum sofisma existe nela. Suas páginas estão cheias da verdade. Desejamos obter um conhecimento de Deus e de Cristo, a quem Ele enviou ao mundo para viver e morrer pelos pecadores? Um zeloso e diligente estudo da Bíblia é necessário para conseguir esse conhecimento. -- Conselhos Sobre Saúde, 369. FD 60 1 Mulheres devem desenvolver a mente -- Mulheres que professam piedade geralmente deixam de educar a mente. Deixam-na sem controle, que vá aonde lhe apraz. É esse um grande erro. Muitas parecem não ter nenhum poder mental. Não educaram a mente a pensar; e por não terem feito isso, supõem não poder fazê-lo. São necessárias meditação e oração para crescer na graça. -- Testimonies for the Church 2:187. FD 60 2 Tornar a mente um depósito da verdade -- Que desculpa temos, irmãs, para não devotar todo o tempo possível à pesquisa das Escrituras, tornando a mente um depósito de preciosidades a fim de apresentá-las aos que não se acham interessados na verdade? Será que nossas irmãs se erguerão à altura da emergência? Trabalharão elas pelo Mestre? -- Testimonies for the Church 6:118. FD 60 3 Organizar uma sociedade bíblica para leitura e estudo -- Se os jovens, e homens e mulheres adultos, organizassem uma sociedade na qual a leitura e o estudo da Bíblia se tornassem o tema preeminente, pesquisando as profecias e nelas se demorando, e estudando as lições de Cristo, haveria força na sociedade. Não há livro a partir de cujo manuseio a mente se eleve, fortaleça e expanda tanto como a Bíblia. E nada há que dote todas as nossas faculdades de tanto vigor renovado como o colocá-las em contato com as estupendas verdades da Palavra de Deus, pondo a mente para compreender e medir essas verdades. -- Manuscript Releases 2:244. FD 60 4 O estudo regular descerra novas verdades -- O mestre da verdade deve avançar em conhecimento, crescendo na graça e na experiência cristã, cultivando hábitos e práticas que honrem a Deus e Sua Palavra. Deve mostrar a outros como fazer uma aplicação prática da Palavra. Todo avanço que fizermos em capacidade santificada, em estudos variados, nos ajudará a entender a Palavra de Deus, e o estudo das Escrituras nos ajudará no estudo de outros ramos essenciais na educação. FD 60 5 Depois do primeiro contato com a Bíblia, o interesse do sincero inquiridor cresce rapidamente. A disciplina obtida por um estudo regular da Palavra de Deus capacita-o a ver o frescor e a beleza da verdade, que ele nunca antes havia discernido. A referência a textos, no falar, torna-se natural e fácil para um estudioso da Bíblia. -- The Review and Herald, 20 de Abril de 1897. Oração FD 60 6 Oração diária, essencial ao crescimento -- Se quisermos desenvolver um caráter que Deus possa aceitar, precisamos formar hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão essencial ao crescimento na graça, e mesmo à própria vida espiritual, como o alimento temporal ao bem-estar físico. Devemos acostumar-nos a elevar muitas vezes os pensamentos a Deus em oração. Se a mente vagueia, devemos fazê-la retornar; mediante perseverante esforço, o hábito finalmente fará que isso seja fácil. Não podemos, por um momento, separar-nos de Cristo com segurança. Podemos contar com Sua presença para nos assistir a cada passo, mas somente observando nós as condições que Ele mesmo estabeleceu. -- Santificação, 93. FD 61 1 Obter vitória sobre o eu mediante a oração -- O Senhor necessita de homens e mulheres que levem consigo para a vida diária a luz de um piedoso exemplo; homens e mulheres cujas palavras e ações mostrem que Cristo habita no coração, ensinando, conduzindo e guiando. Ele necessita de homens e mulheres de oração, que, ao lutarem a sós com Deus, obtêm a vitória sobre o eu, e então saem para partilhar com outros aquilo que receberam da Fonte do poder. Deus aceita aqueles que crucificam o eu, e os torna vasos de honra. São, nas mãos dEle, como o barro nas mãos do oleiro, e Deus opera Sua vontade por intermédio deles. Tais homens e mulheres recebem poder espiritual. Cristo vive neles, e o poder do Seu Espírito lhes assiste os esforços. Entendem que devem viver neste mundo a vida que Jesus viveu -- uma vida isenta de todo egoísmo; e Ele os capacita a dar a Seu respeito um testemunho que atrai pessoas à cruz do Calvário. -- The Signs of the Times, 9 de Abril de 1902. FD 61 2 A oração refrigera a alma -- Há na Palavra de Deus ricas promessas para nós. O plano da salvação é amplo. Não é mesquinha, limitada, a providência que foi tomada em nosso favor. Não somos obrigados a confiar na evidência que tivemos um ano ou um mês atrás, mas podemos hoje ter a certeza de que Jesus vive e está fazendo intercessão por nós. Liderança Cristã, 80. Não podemos fazer o bem aos que nos rodeiam enquanto nossa própria alma está destituída de vida espiritual. Nossos ministros não lutam a noite inteira em oração, assim como faziam muitos piedosos ministros antes de nós. Sentam-se, encurvados sobre mesas, escrevendo lições, ou preparando artigos para serem lidos por milhares; arranjam fatos de molde a convencer a mente com respeito à doutrina. Todas essas coisas são essenciais; mas quanto pode Deus fazer por nós, enviando luz e poder convincente aos corações, em resposta à oração da fé! Os assentos vazios nas nossas reuniões de oração dão testemunho de que os cristãos não se dão conta das reivindicações de Deus a seu respeito; não percebem seu dever de tornar essas reuniões interessantes e bem-sucedidas. Cumprem uma rotina monótona, cansativa, e voltam para casa sem o refrigério e a bênção. -- The Review and Herald, 22 de Abril de 1884. FD 61 3 Necessária a comunhão com Deus -- Várias vezes, cada dia, preciosos e áureos momentos devem ser dedicados à oração e ao estudo das Escrituras, nem que seja para guardar na memória um texto só, a fim de que a vida espiritual seja estimulada. Os variados interesses da causa fornecem-nos alimento para reflexão, e uma inspiração para nossas orações. A comunhão com Deus é altamente essencial para a saúde espiritual; e somente através dela pode ser obtida aquela sabedoria e correto discernimento tão necessários à realização de todo dever. -- Testimonies for the Church 4:459. FD 62 1 Não negligenciar a oração -- Alguns, temendo sofrer perda de tesouros terrenos, negligenciam a oração e o reunir-se para a adoração de Deus, para que tenham mais tempo para dedicar a suas lavouras ou seus negócios. Mostram, por suas obras, a que mundo eles dão maior valor. Sacrificam privilégios religiosos, que são essenciais para seu crescimento espiritual, pelas coisas desta vida, e deixam de obter o conhecimento da vontade divina. Não aperfeiçoam um caráter cristão, e não alcançam a medida de Deus. Põem em primeiro lugar seus interesses temporais, mundanos, e roubam a Deus o tempo que deveriam dedicar ao Seu serviço. Essas pessoas Deus assinala, e receberão maldição, em vez de bênção. -- Testimonies for the Church 2:654. FD 62 2 Todos os que buscam a Jesus O encontram -- Não há tempo para orar? Não há tempo para dizer ao Senhor: "Precisas manter-me pelo Teu poder"? Deixar o Senhor fora da vista não diminuirá os cuidados, mas os multiplicará. Um espírito cristão é tão essencial nas atividades seculares como o é ter o Espírito de Deus no lugar onde se costuma fazer oração. Aquilo de que todos nós necessitamos é buscar ao Senhor, e a graça do cristão se evidenciará. Todos os que O buscam reconhecem que Jesus é um socorro muito presente em todo tempo de necessidade. -- Manuscript Releases 21:358. FD 62 3 Ser vencedor por intermédio de Jesus -- Não leve suas tristezas e dificuldades ao ser humano. Apresente-se Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais. Ele sabe exatamente como ajudá-lo. Não se volva do amorável e compassivo Redentor aos amigos humanos que, embora lhe dêem o melhor que possuam, podem conduzi-lo a caminhos errados. Leve todas as suas perplexidades a Jesus. Ele o receberá, fortalecerá e confortará. Ele é o grande Médico que cura todos os males. Seu magnânimo coração de infinita bondade anela por você. Ele lhe envia a mensagem de que você pode se recuperar dos ardis do inimigo. Pode conquistar novamente o respeito próprio. Medicina e Salvação, 43. Pode se colocar na posição em que se considere, não um fracasso, mas um vencedor, na enobrecedora influência do Espírito de Deus, e por meio dela. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 489. FD 62 4 A oração é vida -- Orar três vezes ao dia é tão apropriado, tão fundamental para nós como o era para Daniel. A oração é vida, o alicerce do crescimento espiritual. No lar, perante a família, e perante as outras pessoas, devemos testificar dessa verdade. E quando tivermos ocasião de encontrar os irmãos na igreja, falemos sobre a necessidade de manter aberto o canal de comunicação entre Deus e a mente. Digamos que, se tiverem ânimo e voz para orar, Deus dará resposta às suas orações. Que ninguém negligencie seus deveres religiosos. Exortemos os irmãos a orar. Precisamos buscar se quisermos achar, precisamos pedir se quisermos receber, e precisamos bater se quisermos que a porta se abra. -- Refletindo a Cristo, 199. ------------------------Capítulo 5 -- Mulheres como professoras FD 64 1 A maior parte dos conselhos de Ellen White acerca de professores é geral; ela fala tanto de homens como de mulheres bem habilitados a ensinar nossos jovens. Citamos as declarações seguintes, que se aplicam igualmente a ambos os gêneros. FD 64 2 Necessita-se de professores capacitados -- Insisto muito nisso porque são necessários professores preparados, e homens e mulheres devem se aprimorar no lar e na escola para realizar uma obra ministerial da qual não se envergonhem. Um número grande demais de famílias, hoje, deixa passar sem correção a indulgência própria e a desobediência, ou então se manifesta um espírito despótico, autoritário, que cria os piores males na disposição das crianças. Às vezes, os pais as corrigem de modo tão irrefletido, que a vida delas se torna uma desgraça, e perdem todo respeito por pai, mãe, irmãos e irmãs. A mente das crianças, cordeiros do rebanho, propriedade de Deus, é assim preparada para que Satanás sobre ela imponha sua vontade. -- Manuscript Releases 13:95. FD 64 3 Professores devem estudar a Palavra de Deus -- Preparar os jovens para se tornarem fiéis soldados do Senhor Jesus Cristo é a obra mais nobre que já foi dada ao homem. Unicamente homens e mulheres devotados e consagrados, que amam as crianças e podem nelas ver almas a serem salvas para o Mestre, devem ser escolhidos como professores de nossas escolas. Professores que estudam a Palavra de Deus como deve ser estudada saberão algo do valor das almas sob o seu cuidado, e deles receberão as crianças uma verdadeira educação cristã. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 166. FD 64 4 Experiência necessária na obediência ao Senhor -- Todos quantos ensinam em nossas escolas devem estar em íntima comunhão com Deus, e ter profundo conhecimento de Sua Palavra, a fim de porem sabedoria e conhecimentos divinos na obra de educar a juventude para utilidade nesta vida e para a outra, futura e imortal. Precisam ser homens e mulheres que não somente possuem certo conhecimento da verdade, mas que são observadores da Palavra de Deus. "Está escrito", eis o que devem exprimir por palavras e obras. Por sua própria maneira de viver devem ensinar simplicidade e correção de hábitos em tudo. Nenhum homem ou mulher deve estar ligado a nossas escolas como educador, a não ser que tenha demonstrado obediência ao preceito do Senhor. -- Testimonies for the Church 6:153. FD 65 1 Jovens mulheres devem aprender a ensinar outros -- Precisamos de [pessoas] abnegadas, dedicadas, para atuar como educadoras. Rapazes e moças devem ser trazidos às nossas escolas para receber educação, a fim de aprenderem como ensinar os outros a entender a Palavra do Senhor. Necessitamos de obreiros ministeriais em cada escola, para educar as crianças e os jovens em harmonia com a Bíblia, e o pastor tem trabalho a fazer, tanto pelos professores como pelos alunos. Nossas escolas devem ser mais como as escolas dos profetas. Conclamamos os professores e todos os que se acham ligados à escola para que envidem abnegados esforços. Conclamamos nossas irmãs para que trabalhem de modo inteligente, dedicado e interessado, com o fim de tornar a escola um sucesso. Que nossas igrejas ajudem. Deus abençoará a todos os que com Ele colaboram. -- Manuscript Releases 6:400. FD 65 2 Mulheres habilitadas para ocupar qualquer cargo -- É desígnio do Senhor que a escola [Avondale] seja também um lugar em que se proveja preparo nos trabalhos femininos -- cozinha, cuidado da casa, costura, escrituração comercial, leitura correta e pronúncia. As alunas devem estar habilitadas a ocupar qualquer cargo que lhes seja oferecido -- superintendentes, professoras de Escola Sabatina, instrutoras bíblicas. Devem estar preparadas para ser professoras na escola da igreja. -- Evangelismo, 475. FD 65 3 Qualificações pessoais do professor -- Os princípios e hábitos do professor devem ser considerados de maior importância do que mesmo suas habilitações literárias. Se o professor é cristão sincero, ele sentirá a necessidade de ter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus alunos. A fim de exercer a influência devida deve ele ter perfeito controle sobre si mesmo e ter o coração ricamente impregnado de amor aos alunos, o que se verá em seu olhar, suas palavras e atos. Deve ter firmeza de caráter; então poderá moldar a mente dos alunos, assim como instruí-los nas ciências. FD 65 4 A educação básica da juventude geralmente lhes molda o caráter para toda a vida. Os que lidam com os jovens devem ter muito cuidado para evocar as qualidades mentais, a fim de que melhor saibam como dirigir-lhes as faculdades, de modo que sejam exercidas para seu maior bem. -- Mente, Caráter e Personalidade 1:189. FD 65 5 O que o professor deve ser -- Na escolha de um professor para as crianças deve-se exercer grande cuidado. Professores de escolas de igreja devem ser homens e mulheres que tenham uma humilde apreciação de si mesmos e que não estejam cheios de vã opinião a respeito de si próprios. Devem ser fiéis obreiros, possuídos do verdadeiro espírito missionário, obreiros que tenham aprendido a depositar em Deus sua confiança e a trabalhar em Seu nome. Devem possuir os atributos do caráter de Cristo -- paciência, bondade, misericórdia e amor; e devem introduzir na experiência diária a justiça e paz do Salvador. Então, exercendo no trabalho uma influência que é qual perfume, darão prova do que a graça pode fazer mediante agentes humanos que confiam em Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 150, 151. Todos os que ensinam devem ter íntima ligação com Deus FD 66 1 Professores têm a posição de maior responsabilidade -- Os professores têm a fazer por seus alunos mais que lhes comunicar conhecimento tirado de livros. Sua posição como guias e instrutores da juventude é por demais cheia de responsabilidade, pois é-lhes dada a obra de moldar o espírito e o caráter. Os que empreendem essa obra devem possuir caráter bem equilibrado, simétrico. Devem ter maneiras finas, ser corretos no vestuário e cuidadosos em todos os hábitos; e devem possuir aquela cortesia cristã que conquista a confiança e o respeito. O professor deve ser aquilo que deseja que seu aluno se torne. FD 66 2 Os mestres devem cuidar de seus discípulos como o pastor cuida do rebanho que lhe foi confiado. Devem protegê-los como quem por eles tem de dar contas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 65. FD 66 3 Lutar para alcançar a mais elevada norma possível -- Conhecer a nós mesmos é grande ciência. O mestre que se aprecia devidamente deixará que Deus lhe molde e discipline a mente. E reconhecerá a origem de sua força. O conhecimento de si mesmo leva à humildade e à confiança em Deus; não toma, porém, o lugar dos esforços para o aperfeiçoamento próprio. Aquele que compreende as próprias deficiências, não se poupará a sofrimentos para alcançar a mais alta norma possível na excelência física, mental e moral. No preparo da juventude, não deve ter parte pessoa alguma que se satisfaça com uma norma baixa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 67. As escolas devem refletir a ordem do céu FD 66 4 Os professores devem conversar e orar com os alunos -- Nossos professores devem ser homens e mulheres convertidos, que saibam o que significa lutar com Deus e não descansem até que o coração das crianças esteja preparado para amar, louvar e glorificar a Deus. Quem deseja, em nossas Escolas Sabatinas, ser fervoroso obreiro em favor das pessoas? Quem tomará à parte os nossos jovens, falando e orando com eles, fazendo-lhes apelos pessoais, suplicando-lhes que entreguem o coração a Jesus, a fim de serem como cheiro suave para Cristo? Ao contemplarmos a magnitude da obra e ver quão pouco é apreciada, gememos em espírito, exclamando: Quem aceitará essas solenes responsabilidades e vigiará pelas pessoas como quem deve dar conta delas? FD 67 1 Somos os representantes de Cristo sobre a Terra. Como cumprimos nossa missão? Os representantes de Cristo estarão em comunhão diária com Ele. Suas palavras serão escolhidas, temperadas com graça, seu coração será cheio de amor, seus esforços para salvar as pessoas por quem Cristo morreu serão sinceros, fervorosos, perseverantes. Que todos façam o melhor que lhes for possível no sentido de trabalhar pela salvação das crianças e jovens, pois em breve ouvirão com alegria as palavras de Jesus: "Bem está, servo bom e fiel. [...] entra no gozo do teu Senhor". Mateus 25:21. Que é esse gozo? -- É contemplar os santos redimidos, salvos por seu intermédio, mediante o sangue de Jesus Cristo. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 74, 75. A "mais bela obra" entregue a humanos FD 67 2 Grande cuidado ao despertar as mais elevadas faculdades mentais -- A mais bela obra já empreendida por homens e mulheres é lidar com mentes jovens. O máximo cuidado deve ser tomado na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro a lição do domínio próprio, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. Que importante posição para os pais, tutores e professores! Há poucos que compreendem as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira como devem dirigir o intelecto em desenvolvimento, os pensamentos e sentimentos crescentes dos jovens. -- Testimonies for the Church 3:131. FD 67 3 Ensinar, a obra mais importante -- Esta é a obra [ensinar] mais delicada e mais difícil que se tem confiado a seres humanos. Exige o mais delicado tato, a maior susceptibilidade, conhecimento da natureza humana e uma fé e paciência oriundas do Céu, dispostas a trabalhar, vigiar e esperar. É uma obra que nada sobrelevará em importância. -- Educação, 292. Os professores são autênticos missionários FD 67 4 Necessário o toque divino -- Os professores e alunos em nossa escola precisam do toque divino. Se fosse encorajado o espírito missionário, mesmo que isso tomasse algumas horas do programa de estudos, se houvesse mais fé e zelo espiritual, mais percepção de que Deus pode fazer ainda mais pelos professores e estudantes do que tem feito, pois no passado a Sua atuação foi restringida, muitas bênçãos celestiais seriam concedidas. Há cordas sagradas a serem tocadas ainda. Os professores, bem como os estudantes, precisam mostrar maior disposição de serem ensinados. FD 68 1 Na exata proporção em que o verdadeiro espírito missionário é trazido para a educação e o preparo de rapazes e moças, eles serão abençoados. Os alunos devem começar a trabalhar no âmbito missionário onde houver pessoas com quem possam comunicar-se, para aprender a trabalhar. Ao fazerem isso, progredirão, e seu intelecto crescerá. Aprenderão a trabalhar quando se encerrar o ano letivo. Ao se aproximarem dos interessados, trabalham sob a instrução do maior Mestre que o mundo conheceu. É tão essencial que aprendam a comunicar-se, como o é receber o conhecimento da verdade. A prática de contar aos outros acerca de Cristo, de ler e explicar Sua Palavra, gravará a Palavra sobre a mente, e fará com que possuam a verdade. FD 68 2 "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração" [e] "o teu próximo como a ti mesmo". Mateus 22:37, 39. Esta é uma ordem divina. Jesus deu uma ordem adicional: "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros". João 13:34. Não devemos meramente amar nosso próximo como a nós mesmos; devemos amar uns aos outros como Cristo nos amou. "Como o Pai Me amou, também Eu vos amei a vós;" declarou Ele, "permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor, do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai e permaneço no Seu amor. Tenho-vos dito isso para que a Minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa. O Meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei". João 15:9-12. FD 68 3 Os alunos e também os professores em nossa escola precisam tomar tempo para conhecer os membros da comunidade na qual vivem. O amor que Cristo manifestou para conosco, devemos cultivar para com os outros. A verdade não permanecerá por muito tempo no coração, a menos que opere por amor para salvar os que estão prestes a perecer. FD 68 4 O Senhor Deus de Israel gostaria de acautelar-nos quanto à exigência humana de traçar uma linha sobre a qual todos devem andar. Um elemento diferente deve ser trazido para dentro de nossas escolas. Têm sido seguidos métodos errados de ensino, considerados como totalmente essenciais. Aqueles que se relacionam com nossas escolas devem mergulhar mais fundo do que seus próprios hábitos e opiniões, que têm sido idolatrados como completa autoridade. A maior necessidade de nossos professores é viver continuamente em comunicação consciente e amorável com os princípios da verdade, justiça e misericórdia, pois essa é a atmosfera do Céu. Não se deve colocar tantos estudos e deveres sobre os alunos, a ponto de negligenciarem falar com o Senhor Jesus, o grande Mestre, e receberem no coração a influência suavizadora e subjugante do Espírito que nEle habitou. FD 69 1 É essencial ensinar aos alunos como fazer trabalho missionário, não só através da pena e da voz, mas pela prática em vários setores. Ao nosso redor, existe uma comunidade que precisa ser ensinada a cozinhar, a tratar os enfermos. Ao seguirmos essa linha de ação, praticamos a verdade assim com ela é em Jesus. Professores e estudantes precisam aprender a fazer esse trabalho. [...] FD 69 2 Os professores devem beber da fonte central e profunda de todo poder moral e intelectual, pedindo ao Senhor que lhes dê a mente que havia em Cristo Jesus, a fim de que todo caso que clame por simpatia e auxílio, tanto na área física quanto na espiritual, receba deles atenção. O Mestre por excelência coopera com todos os esforços feitos para aliviar a humanidade sofredora. Ensinai os estudantes a fazer aplicação prática das lições que têm recebido. Ao testemunharem os ais humanos e a extrema pobreza dos que estão procurando auxiliar, serão movidos à compaixão. Seu coração será abrandado e subjugado pelos profundos e santos princípios revelados na Palavra de Deus. O grande Médico coopera com cada esforço feito em favor da humanidade sofredora, no sentido de dar saúde ao corpo e luz e restauração à alma. -- Beneficência Social, 106. FD 69 3 Precisamos dar ao Senhor a oportunidade de realizar Sua obra, Sua grande obra em favor da alma. Cristo é nossa suficiência. Cada um deve entender o que significa ter a Palavra de Deus cumprida em nós. Aquilo que Cristo foi neste mundo, devemos ser também. Se nesta vida somos semelhantes a Ele no caráter, teremos a Sua semelhança no Céu. Se não há semelhança entre Cristo e nós neste mundo, não pode haver amizade entre Cristo e nós quando Ele vier na Sua glória, e todos os santos anjos com Ele. Como professores religiosos, temos a obrigação, diante de Deus, de ensinar os alunos a engajar-se na obra médico-missionária. Aqueles que fazem essa obra têm muitas oportunidades de semear as sementes da verdade de uma forma que será bem-sucedida. O coração cheio de gratidão para com Deus pode orar: Ensina-me o Teu caminho, ó Senhor, guia-me por um caminho plano, por causa dos meus inimigos, ou melhor, por causa daqueles que me observam. -- Manuscrito 70, 1898. Sarah Peck chamada a lecionar FD 69 4 Sarah Peck foi uma das mais competentes auxiliares de Ellen White. Lecionou na escola do Sanatório, na Califórnia, antes de tornar-se uma das secretárias da Sra. White, tendo a reputação de "excelente professora". Após atuar na equipe de Elmshaven por algum tempo, foi novamente convidada a lecionar. Foi com pesar que a Sra. White consentiu com sua partida, mas achou que Sarah Peck devia sentir-se livre para fazer aquilo que o Senhor a chamara a realizar. Querida Irmã Peck: FD 70 1 Durante nossa conversa hoje de manhã, fiquei grandemente perplexa, sem saber o que dizer com referência ao seu trabalho. Eu a amo, e desejo vê-la numa função onde melhor possa servir ao Mestre. FD 70 2 Não sei qual seria sua escolha pessoal de trabalho. Muitos, entre nosso povo, a desejam insistentemente na obra educacional. Se achar que é esse o seu dever, estou disposta a liberá-la do trabalho comigo. Não conheço outra pessoa que esteja mais bem capacitada a assumir a obra educacional. Com respeito à sua ligação comigo, não posso dizer muito, porque no passado já foi chamada a muitas outras áreas de trabalho. FD 70 3 Uma coisa devo dizer: Se escolher ficar comigo, a obra escolar deve ser posta de lado. Se preferir atuar na área educacional, então deve se sentir livre para dar sua atenção total a essa obra. Deixo a questão inteiramente em suas mãos, para que siga sua escolha. Não ouso decidir em seu lugar. A grande necessidade de sua eficiência como professora é a única consideração que me leva a liberá-la de boa vontade. Tantas pessoas têm falado comigo acerca de sua eficiência e talento como educadora, que não ouso retê-la. Se, em algum momento no futuro, escolher trabalhar novamente comigo, não terá se tornado menos eficiente. FD 70 4 Escrevo isto para que não se sinta deixada na incerteza. Busque ao Senhor. Caso tenha a impressão de que prefere permanecer comigo, tenho abundância de trabalho que você pode realizar. Se parece ser da vontade de Deus que permaneça comigo, devemos trabalhar com seriedade e não permitir que outros venham e lhe dêem um duplo fardo para carregar. FD 70 5 Agora, minha irmã, a minha preocupação é de que, se assumir o trabalho na escola, não se sobrecarregue com excessivas responsabilidades. Faça desse o seu trabalho, e assuma-o como fez na escola em Santa Helena. Se devo desempenhar uma parte na obra em Redlands e Loma Linda, poderemos estar mais ou menos ligadas ao preparar estudantes para o tempo e a eternidade. FD 70 6 Que o Senhor a abençoe e lhe dê muito do Seu Santo Espírito, onde quer que venha a trabalhar. Se for o seu quinhão educar estudantes, para que eles repartam com outros a inteligência celestial, ficarei satisfeita. Sempre a amei e respeitei, e não me decepcionei com você. O uso de palavras sadias deve ser valorizado acima de qualquer coisa terrestre. Deus é glorificado por toda palavra que leva a uma ação correta. Respeito-a grandemente, e desejo que tenha toda vantagem possível, para que faça contínuo progresso no serviço de Deus. -- Carta 265, 1905. ------------------------Capítulo 6 -- Mulheres como médicas FD 71 1 Que se conheça neste dia por meio de meu trabalho pela humanidade sofredora que há Deus em Israel, e que eu sou Teu servo. Que se veja que eu estou trabalhando, não segundo os meus próprios impulsos e sabedoria, mas de acordo com a Tua Palavra. -- Beneficência Social, 123, 124. FD 71 2 As mulheres devem receber preparo médico completo -- De maneira notável trouxe Deus ao nosso poder algumas das instituições por meio de cuja atuação nos cumpre executar a obra da reforma para a qual fomos chamados como um povo. Neste tempo, cada talento de cada obreiro deve ser considerado como um sagrado depósito a ser usado em estender a obra da reforma. O Senhor me instruiu no sentido de que nossas irmãs que receberam um preparo que as qualificou para posições de responsabilidade devem servir com fidelidade e discernimento em sua vocação, usando sua influência de maneira sábia e, junto com seus irmãos na fé, obter uma experiência que as capacite para maior utilidade ainda. [...] FD 71 3 Nos tempos passados o Senhor operou de maneira maravilhosa por intermédio de mulheres consagradas que se uniram em Sua obra com homens a quem Ele escolhera para serem Seus representantes. Ele usou mulheres para alcançar grandes e decisivas vitórias. Mais de uma vez as trouxe Ele em ocasiões de emergência para a frente de batalha e operou por seu intermédio para a salvação de muitas vidas. [...] FD 71 4 Muitas há que têm habilidade para permanecer com seu marido na obra do hospital, aplicarem tratamentos nos doentes e falarem palavras de conselho e ânimo a outros. Há as que devem buscar um preparo que as qualifique para fazer a parte de médicos. FD 71 5 Neste ramo do serviço precisa ser feito um trabalho positivo. As mulheres, da mesma forma que os homens, devem receber um preparo médico completo. Devem fazer um estudo especial das doenças comuns às senhoras, para que possam saber como cuidar delas. Considera-se indispensável que os homens que desejam exercer a medicina recebam o amplo preparo necessário para o exercício dessa profissão. É igualmente necessário que as mulheres recebam esse preparo, e consigam seus diplomas atestando seu direito de atuar como médicas. -- Medicina e Salvação, 60, 61. FD 72 1 Necessário grande número de médicas -- Em nossas instituições médicas deve haver sempre senhoras de idade madura e boa experiência que se tenham preparado para ministrar tratamentos às senhoras hospitalizadas. Devem-se instruir e qualificar senhoras da forma mais completa possível para que se tornem profissionais nas enfermidades delicadas que afligem as pessoas do seu sexo, a fim de que suas partes íntimas não sejam expostas à observação de homens. Deve existir um número muito maior de médicas, instruídas para agir não só como enfermeiras, senão também como médicas. É das práticas mais horríveis, a revelação das partes íntimas das senhoras a homens, ou os homens serem tratados por mulheres. -- Conselhos Sobre Saúde, 364. FD 72 2 Marido e mulher médicos trabalham juntos com eficiência -- Na obra médico-missionária a ser feita, mulheres devem aplicar tratamento em mulheres. Um homem e esposa médicos podem realizar grande bem trabalhando juntos. A esposa pode visitar outras mulheres, e quando encontra sofrimento e doença, pode trocar idéias com o esposo quanto ao melhor método de auxiliar os sofredores. Deveríamos ter mais médicas do que temos. Quando as mulheres doentes são tratadas e cuidadas por mulheres fecha-se para Satanás uma porta através da qual ele procura entrar. Muitos casos me foram apresentados nos quais Satanás tem penetrado através dessa porta para arruinar as famílias. Não permitamos que ele obtenha vantagem em qualquer ponto. FD 72 3 Desejo que todos entendam este assunto. Deve haver em nossos hospitais, médicas que estejam ao lado de seus esposos, e que possam examinar as mulheres, e lhes apliquem o tratamento. Muitas outras mulheres ativas, inteiramente convertidas, devem tornar-se médicas entendidas. FD 72 4 Sou instruída quanto a nossos hospitais deverem ter médicas, da mesma forma que médicos. -- Medicina e Salvação, 140. Mulheres tratam mulheres; homens tratam homens FD 72 5 Mulheres devem ser instruídas como médicas -- As senhoras médicas devem recusar-se terminantemente a olhar para as partes secretas de homens. Devem as senhoras ser instruídas para trabalharem pelas senhoras, e os homens para trabalharem pelos homens. Saibam os homens que devem dirigir-se a pessoas de seu próprio sexo e não procurar médicas. Isso é um insulto às mulheres, e Deus olha para essas coisas triviais com aversão. -- Conselhos Sobre Saúde, 364. FD 72 6 Não misturar os casos -- O Senhor deseja que sigamos um curso que seja exemplo para os outros. Estamos justamente nos últimos dias. As mulheres devem encarregar-se das mulheres, e os homens, cuidar dos homens, sempre que estiverem enfermos e com enfermidades genitais. Nesses casos, não se misturem homens e mulheres. Procurem remover as tentações. Não lhes posso contar quantos vieram a mim com suas queixas, querendo que eu curasse essas dificuldades, mas não me senti preparada para fazê-lo. Recentemente, porém, recebi luz segundo a qual tem sido praticada grande vulgaridade. Deve acontecer que as mulheres se encarreguem das mulheres, e os homens cuidem dos homens. Naturalmente, há casos em que terão de atuar em conjunto. As mulheres terão que fazer algumas coisas. Mas tem sido introduzida uma grande promiscuidade, e isso foi trazido perante mim várias vezes. Senti, porém, que não me posso refrear de tocar no assunto. -- Manuscript Releases 13:114. FD 73 1 Médico deve respeitar recatos de pacientes -- A luz que me foi dada pelo Senhor com respeito a esse assunto é que, na medida do possível, médicas cuidem das senhoras em tratamento, e médicos tenham o cuidado dos pacientes do sexo masculino. Todo médico deve respeitar os recatos dos pacientes. Qualquer exposição desnecessária das senhoras diante de médicos é inconveniente. Sua influência é prejudicial. -- Conselhos Sobre Saúde, 363. Partos FD 73 2 As mulheres devem atender os partos -- Agora chegou o tempo em que deve haver sensíveis mudanças -- e já deveriam ter ocorrido há longo tempo. Os homens têm a responsabilidade de cuidar dos homens, e as mulheres devem cuidar das mulheres. Mas quando se trata de reunir homens e mulheres em procedimentos particulares de parto e casos assim -- fazer com que trabalhem juntos -- devo dizer que não é certo nem justificável. As mulheres tinham seu trabalho indicado nos tempos bíblicos e essas mulheres cuidavam das mulheres, e havia o entendimento definido de que assim devia ser. E assim deve ser agora no procedimento do parto. Que as mulheres sejam cabalmente instruídas assim como os homens, e que elas se encarreguem dessas questões. Falo com prudência. Falo porque sei do que estou falando, de que existe uma promiscuidade grande demais. -- Manuscript Releases 13:113. FD 73 3 Não abrir a porta da tentação -- Esse caso já me foi apresentado. Deixei-o escrito, por temor de ser levada ao descanso. Mas desejo dizer que devemos progredir rumo a um plano mais elevado de ação e, se assim o fizermos, o Senhor permitirá que Suas bênçãos repousem sobre nós. Recebi muitas cartas de mulheres e de homens acerca de terem caído sob as tentações do diabo ao atenderem mulheres em trabalho de parto. Não preciso discutir isso, porque seu bom senso lhe dirá que estamos num mundo de tentações e provas. E devemos purificar-nos de tudo isso. Que Deus nos ajude. Não é necessário que eu me estenda mais sobre isso. A luz que me foi dada é que abrimos a porta à tentação e transgressão. Que seja nosso dever assumir tanto quanto possível a responsabilidade que repousa sobre as mulheres quanto ao atendimento de senhoras em trabalho de parto. Essa é a atitude correta, segundo me foi apresentada. -- Manuscript Releases 13:116. FD 74 1 Nos tempos bíblicos, mulheres cuidavam de mulheres -- Tenho sentido recentemente [...] que se deve providenciar para que as mulheres assumam responsabilidades maiores. É seu privilégio serem instruídas em algumas áreas de trabalho tão cabalmente quanto os homens. Nos tempos bíblicos, as mulheres sempre se encarregaram das mulheres, e o Senhor trabalhou junto com elas. Quero dizer que muitas tentações me foram apresentadas por pessoas [e] que segui meu próprio conselho. Não tenho dito nada, mas foram pecados introduzidos por essa promiscuidade e as tentações que vieram. Bem sei de alguns que foram tentados nessa questão. Conheço pessoalmente as mulheres. Sei que as mulheres são honestas, e não devem ser censuradas, apenas em um ponto, e esse é que assumam sua posição de decoro e não se misturem e associem homens e mulheres atendendo ao parto. -- Manuscript Releases 13:114. FD 74 2 Parteiras devem assumir a responsabilidade -- Tenho-lhe escrito a instrução que me foi dada acerca do trabalho especial a ser feito pelas médicas em nossos sanatórios. É plano do Senhor que os homens sejam instruídos para tratar os homens, e as mulheres preparadas para tratar as mulheres. Por ocasião do parto, as obstetras devem assumir a responsabilidade do caso. Nos tempos bíblicos, não era considerado apropriado que um homem atuasse nessa função, e não é a vontade de Deus que os homens façam esse trabalho hoje. Muito mal tem resultado da prática de homens tratando mulheres e mulheres tratando homens. Essa é uma prática segundo a invenção humana, e não de acordo com o plano de Deus. O mal tem sido deixado a crescer por longo tempo, mas agora erguemos a voz em protesto contra aquilo que desagrada a Deus. -- Special Testimonies, Serie B, 17b:15, 16. Dra. Patience Bourdeau FD 74 3 A Dra. Patience Bourdeau era a filha do pastor D. T. Bourdeau. Na época, dirigia seu próprio sanatório em Grand Rapids, Michigan. Ela era superintendente do Departamento Médico da Associação Oeste de Michigan. Casou-se mais tarde com o Sr. Sisco e passou a ser conhecida como a Dra. Bourdeau-Sisco. Querida irmã Patience: FD 74 4 Tenho conversado longamente com meu filho W. C. White sobre como administrar melhor nosso sanatório em Washington, DC. Contei-lhe que conversei com seu pai a respeito de levá-la para trabalhar em nosso sanatório. Necessita-se imediatamente de uma médica ligada à instituição. A experiência que tivemos durante os últimos dias fez com que nos decidíssemos a admitir uma competente médica que cuide das pacientes mulheres e seja chefe do sanatório, a fim de que os pacientes recebam pronto atendimento e as assistentes obtenham o tipo correto de instrução, como o que a senhora pode dar. As jovens ligadas à instituição devem ser ensinadas a fazer sua parte com inteligência. FD 75 1 Tenho escrito muito sobre a questão de médicos, homens, ministrando tratamento a parturientes. Segundo a luz que me foi dada, a influência assim exercida não é boa, e graves e sérias conseqüências resultam desse costume amplamente estabelecido. Tenho recebido instrução sobre a questão de senhoras serem examinadas por médicos homens. FD 75 2 Aconselharei que a senhora seja chamada a Washington o mais breve possível, pois este é um momento muito importante para a nossa obra ali. Precisamos da senhora, tão logo se consiga arranjar alguém para substituí-la. FD 75 3 Após voltar para casa, escreverei novamente e lhe enviarei cópias de coisas que já escrevi. FD 75 4 Foi alugado um prédio caro em Iowa Circle, Washington [DC]. É um belo local para um sanatório e foi adaptado para a aplicação de tratamentos, mas precisa de um médico da casa e administrador. Precisamos da senhora. Cremos que pode ajudar-nos em Washington. A senhora pode dar às enfermeiras as instruções de que precisam e também pode apresentar palestras aos pacientes no salão. A senhora receberia este convite como vindo do Senhor? Confio em que poderá fazer esse trabalho essencial. O Irmão Hare é excelente médico, mas não administrador. Precisamos de alguém que planeje e administre. A senhora pode ajudar-nos a sair dessa dificuldade. Washington é um lugar muitíssimo importante, e uma correta representação de nossa obra deve ser dada pelo sanatório. FD 75 5 Estarei em Santa Helena, Califórnia, na próxima semana. Escreva-me para lá e, por favor, escreva também para o pastor Daniells, Takoma Park, Washington, DC. -- Carta 177, 1905. Dra. Julia A. White FD 75 6 A Dra. Julia Ann White graduou-se no Colégio Médico-Missionário Americano de Chicago, em 1900. Esteve ligada ao Sanatório de Battle Creek até 1906, quando foi para Loma Linda. Foi a fundadora da escola de enfermagem no Sanatório e Hospital de Glendale. Também fundou a Clínica La Crescenta, na Califórnia. Dra. Julia A. White: Querida Irmã: FD 75 7 Escrevo para conclamá-la a trabalhar junto ao nosso sanatório em Loma Linda. Pela providência de Deus, essa propriedade passou às nossas mãos. A obtenção desse sanatório, totalmente equipado e abastecido, é uma das mais maravilhosas providências que o Senhor abriu diante de nós. É difícil compreender tudo o que essa transação significa para nós. FD 76 1 O Senhor tem indicado que chegou o tempo de trabalharmos em favor de Redlands, San Bernardino, Riverside e cidades vizinhas. Encho-me de solene alegria ao pensar que esses lugares devem ser em breve penetrados por nossos obreiros. FD 76 2 Precisamos do seu serviço, minha irmã, assim que puder ir. Esperamos poder obter também os serviços do Dr. Holden. A irmã Sarah Peck pode assumir alguns dos setores da obra educacional. Estamos ansiosos por ver o trabalho iniciado, e esperamos vê-la tão logo tenha condições de vir. FD 76 3 Passei, recentemente, duas semanas em Loma Linda. Envio-lhe um livreto que lhe dará uma idéia da propriedade. O grande prédio principal está equipado de maneira dispendiosa. Há também cinco anexos, um deles tendo nove quartos, e os outros, quatro cada. Em alguns deles, as varandas estão arranjadas de tal forma que as camas podem ser roladas para fora dos quartos. Os espaços são belamente distribuídos. Há calçadas de concreto entre todos os prédios. Esses caminhos são margeados com flores. Há um bom pomar e amplo espaço para jardins. Há muitos eucaliptos, pimenteiras e muitas outras variedades de arbustos e árvores ornamentais. Podem-se realizar reuniões ao ar livre, nos belos gramados. Há também outro prédio que era usado para jogos de boliche e bilhar. Este pode ser utilizado como local de reuniões. FD 76 4 Esperamos que possa ter seu caminho desimpedido, a fim de ligar-se ao sanatório como médica. Seus serviços serão grandemente apreciados, e espero que esteja em breve na instituição. -- Carta 291, 1905. ------------------------Capítulo 7 -- O papel da mulher no evangelismo FD 77 1 A causa de Deus, neste tempo, necessita especialmente de homens e mulheres que possuam qualificações cristãs para o serviço, habilidade executiva e grande capacidade de trabalho; que tenham coração bondoso, carinhoso, solidário, bom senso e juízo isento de preconceitos; que ponderem cuidadosamente as questões antes de aprovar ou condenar, e que destemidamente digam Não, ou Sim, ou Amém; que, por serem santificados pelo Espírito de Deus, pratiquem as palavras "Sois todos irmãos", esforçando-se constantemente para erguer e restaurar a humanidade caída. -- Manuscript Releases 2:88. FD 77 2 Cristo forneceu um padrão perfeito para o verdadeiro ministério -- Domingo, 15 de Março de 1891. Assisti à reunião matinal dos ministros. A bênção do Senhor veio sobre mim, e falei com a demonstração do Espírito de Deus e com poder. Alguns há que estão arquitetando um grande círculo. O Senhor deu Cristo ao mundo para o ministério. Meramente pregar a Palavra não é ministério. O Senhor deseja que Seus servos ministradores ocupem um lugar digno da mais alta consideração. Na mente de Deus, o ministério de homens e mulheres existiu antes que o mundo fosse criado. Ele determinou que Seus ministros tivessem uma perfeita exemplificação de Si mesmo e Seus propósitos. Nenhuma carreira humana poderia realizar essa obra, pois Deus deu a Cristo, como ser humano, para executar Seu ideal daquilo que a humanidade poderia tornar-se mediante a completa obediência à Sua vontade. O caráter de Deus foi revelado na vida do Seu Filho. Cristo não só mantinha uma teoria do genuíno ministério, mas, em Sua humanidade, praticou uma ilustração do ministério que Deus aprova. A perfeição tem marcado cada aspecto do verdadeiro ministério. Cristo, o Filho do Deus vivo, não viveu para Si mesmo, mas para Deus. -- Manuscript Releases 18:380. FD 77 3 Os cristãos são as mãos ajudadoras de Deus -- As promessas de Deus para os obedientes são as "boas-novas de grande alegria". Representam alegria para a alma humilde, contrita. A vida do verdadeiro cristão é radiante, com os brilhantes raios do Sol da Justiça. Se homens e mulheres agissem como a mão ajudadora de Deus, praticando atos de amor e bondade, erguendo os oprimidos, resgatando aqueles que estão prestes a perecer, a glória do Senhor seria sua recompensa. [...] Eles clamariam, e o Senhor responderia: "Aqui estou." Eles se volveriam Àquele que lhes está bem ao lado, que lhes deu a promessa: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século". -- Manuscript Releases 16:73, 74. FD 78 1 Mulheres devem consagrar seu tempo ao serviço de Deus -- Mulheres que estejam dispostas a consagrar algo do seu tempo ao serviço do Senhor devem ser designadas para visitar os enfermos, cuidar dos jovens e ministrar às necessidades dos pobres. Devem ser separadas para esse serviço pela oração e imposição das mãos. Em alguns casos, necessitarão aconselhar-se com os oficiais da igreja ou o ministro, mas, se forem mulheres devotadas, mantendo uma ligação vital com Deus, serão um poder para o bem na igreja. Esse é outro meio de fortalecer e edificar a igreja. Precisamos distribuir-nos mais em nossos métodos de trabalho. Mão nenhuma deve ser amarrada, nenhuma pessoa desencorajada, nenhuma voz calada; que cada indivíduo trabalhe, particularmente ou em público, para ajudar a promover esta grande obra. Coloquem-se fardos sobre homens e mulheres da igreja, para que cresçam como resultado do exercício, e assim se tornem agentes eficazes na mão do Senhor para a iluminação daqueles que se assentam nas trevas. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1895. FD 78 2 Não é a eloquência que torna aceitável o trabalho -- Deus deseja obreiros que levem a verdade a todas as classes, elevadas e humildes, ricas e pobres. Nessa obra, as mulheres podem desempenhar uma parte importante. Conceda Deus que aqueles que lêem estas palavras façam sinceros esforços para apresentar uma porta aberta para que mulheres consagradas entrem no campo. Aqueles que, no trabalho de sua vida, não entraram em contato com as classes mais elevadas da sociedade, não precisam sentir que não podem fazer o trabalho. Não é a eloqüência que torna o seu trabalho aceitável. É por meio dos humildes e contritos que o Senhor opera. Os que se sentem superiores e auto-suficientes não podem tocar ou ajudar almas em necessidade. -- Manuscript Releases 5:162. As mulheres podem alcançar uma classe que os homens não podem FD 78 3 Uma obra que os homens não realizam -- Mulheres discretas e humildes podem realizar boa obra explicando a verdade ao povo, em suas casas. Assim explanada, a Palavra de Deus efetuará sua obra, qual fermento, e mediante sua influência serão convertidas famílias inteiras. [...] No círculo doméstico, junto à família de nosso vizinho, ao leito do enfermo, podemos, de maneira calma, ler as Escrituras e falar uma palavra a favor de Jesus e da verdade. Assim serão semeadas preciosas sementes, que hão de germinar, e depois de muitos dias produzir frutos. -- Testimonies for the Church 9:128-130. É essencial a obra de visitação e acompanhamento FD 79 1 Ensinar a dar estudos bíblicos -- O mesmo interesse ainda se manifesta nas reuniões em Stanmore [Austrália]. Na próxima semana, deve haver um batismo. Desde a reunião campal, tenho visitado Stanmore freqüentemente, e falei oito vezes nas tardes de sábado e domingo. O interesse é amplo e geral. O irmão Wilson e esposa, o irmão Starr e esposa, e o irmão Haskell e esposa estão, todos, trabalhando na missão, ensinando obreiros a dar estudos bíblicos. -- Manuscript Releases 19:171. FD 79 2 Realizar reuniões menores após concluído o grande esforço -- A tenda foi retirada, e o irmão Colcord está realizando reuniões num pequeno salão ligado à casa na qual mora a família da missão. O irmão e a irmã James, de Ballarat [Austrália], são responsáveis pela casa da missão. Ambos trabalham como podem para instruir as pessoas. As irmãs Wilson e Robertson fizeram e estão fazendo um bom trabalho em Maitland [Austrália]. O Senhor as sustenta, e elas têm muitos amigos. No passado, tiveram que caminhar cinco ou seis quilômetros para dar seus estudos [bíblicos], mas agora têm um cavalo e charrete. -- The Kress Collection, 129. FD 79 3 Visitação, parte essencial do ministério -- O pastor H morava aqui [Adelaide, Austrália] e pregava às pessoas, mas não era um pastor do rebanho. Dizia às pobres ovelhas que preferia ser açoitado a fazer visitas. Negligenciava o trabalho pessoal; portanto, a obra pastoral não era feita na igreja e seus arredores. Os diáconos e anciãos da igreja agiram sabiamente e trabalharam criteriosamente para manter a igreja em ordem, e encontramos as pessoas em condição muito melhor do que havíamos esperado. Estamos alegremente desapontados. Mas, quando revejo os anos anteriores, e penso no que poderia ter sido feito, se o homem a quem foi confiado o rebanho houvesse sido um fiel mordomo de Deus, cuidando das almas como alguém que deve prestar contas, meu coração se entristece. Houvesse o pregador feito o trabalho de um pastor, um número muito maior estaria agora se regozijando na verdade. -- Manuscript Releases 9:343, 344. Um exército para o Senhor FD 79 4 Exército bem treinado -- Homens e mulheres não devem ser diminuídos por sua ligação com a igreja, mas fortalecidos, elevados, enobrecidos, preparados para a mais sagrada obra já confiada a mortais. É propósito do Senhor ter um exército bem preparado, pronto a ser convocado à ação de um momento para outro. Esse exército será formado por homens e mulheres bem disciplinados, que se colocaram sob influências que os prepararam para o serviço. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. FD 80 1 Encorajar um ao outro em fiel serviço -- Existe uma grande necessidade de reforma em nossas fileiras. Os ministros que recebem salário da Associação precisam perguntar-se: "Sou eu um fiel obreiro? Sou um auxílio espiritual para a igreja?" Há os que exigem altos salários por seus trabalhos, mas que trazem poucas pessoas para a verdade, a fim de permanecerem firmes e leais a seus princípios. É tempo de nossos ministros humilharem o coração perante o Senhor e darem um testemunho direto e convincente ao povo. É tempo de trabalharem fervorosamente para aumentar o número de membros das igrejas, levando todos a uma completa compreensão da verdade para este tempo. O Senhor quer membros vivos na Sua igreja, homens e mulheres que estimulem uns aos outros em fiel serviço. -- Manuscript Releases 9:115.* FD 80 2 Exemplos do ministério público de Ellen White -- ver Apêndice B. ------------------------Capítulo 8 -- "Digno é o trabalhador do seu salário" FD 81 1 Senhor, como Te servirei melhor e glorificarei Teu nome na Terra? Como conduzirei minha vida para fazer do Teu nome um louvor na Terra, levando outros a Te amar, servir e honrar? Permite que eu deseje e escolha apenas a Tua vontade. Que as palavras e o exemplo do meu Redentor sejam a luz e a força do meu coração. Enquanto eu confiar nEle e O seguir, não me deixará a perecer. Ele será minha coroa de júbilo. -- The Review and Herald, 10 de Agosto de 1886. FD 81 2 Deus definiu a questão do salário -- Se as mulheres fazem o trabalho que não é o mais agradável a muitos dos que atuam na palavra e na doutrina, e seu trabalho testifica de que estão realizando uma obra que tem sido manifestamente negligenciada, não deve tal atividade ser considerada como sendo tão rica em resultados como a obra dos pastores ordenados? Não deve isso determinar o pagamento dos obreiros? [...] FD 81 3 Essa questão não é para ser estabelecida pelos homens. O Senhor a determinou. Temos de cumprir o dever para com as mulheres que trabalham no evangelho, cuja obra testifica serem necessárias para levar a verdade às famílias. Sua obra é justamente a que deve ser feita, e cumpre ser estimulada. Em muitos aspectos uma mulher pode comunicar a suas irmãs conhecimento que não é possível a um homem comunicar. A obra sofreria grande prejuízo sem essa atividade feita pelas mulheres. Repetidamente tem o Senhor me mostrado que as instrutoras são tão grandemente necessárias à obra a que Ele as designou, como os homens. -- Evangelismo, 493. FD 81 4 As mulheres também devem receber salário -- Há esposas de ministros -- irmãs Starr, Haskell, Wilson e Robinson -- que têm sido obreiras dedicadas, sinceras, consagradas, dando estudos bíblicos e orando com as famílias, prestando auxílio, mediante esforços pessoais, com tanto êxito quanto o esposo. Essas mulheres dedicam todo o seu tempo, e são informadas de que nada recebem porque seu esposo recebe salário. Digo-lhes que prossigam, e todas essas decisões serão revistas. A Palavra diz: "Digno é o trabalhador do seu salário". Lucas 10:7. Quando qualquer decisão como essa é tomada, protestarei, em nome do Senhor. Julgarei ser meu dever criar um fundo do meu dinheiro do dízimo para pagar essas mulheres que realizam uma obra tão essencial como a que os ministros estão fazendo, e esse dízimo reservarei para trabalho da mesma natureza daquele dos ministros, caçando e pescando almas. FD 82 1 Sei que as mulheres fiéis devem receber salário considerado proporcional ao pagamento recebido pelos ministros. Elas carregam um fardo, e não devem ser tratadas injustamente. Essas irmãs estão dando seu tempo para ensinar os recém-chegados à fé, e contratam alguém para que trabalhe para elas, pagando a essas pessoas. Todas essas coisas devem ser ajustadas e postas em ordem, e que se faça justiça a todas. Os revisores de provas no escritório recebem salário; aqueles que fazem trabalho doméstico recebem seu salário. Isso tenho que pagar e outros têm que pagar. Mas as esposas dos ministros, que carregam uma tremenda responsabilidade, dedicando todo o seu tempo, nada recebem. -- Manuscript Releases 12:160. Carta ao capitão Henry Norman FD 82 2 As mulheres devem receber pagamento condizente -- Meu irmão em Cristo Jesus: Sinto-me grata ao meu Pai celestial, que respondeu às nossas orações no Seu tempo e da Sua maneira. Muitas vezes, em nossa experiência, temos sido levados a lugares muito estreitos, mas o Senhor responde às nossas petições e nos abençoa grandemente. Vez após vez, temos apresentado nosso caso perante o Senhor, lutando como Jacó antes de encontrar-se com seu irmão Esaú. Alguns meses atrás, senti o confiante impulso de pedir ajuda a nossos irmãos na América. O Senhor disse: "Continua orando, continua pedindo. Tocarei corações, e entrarão recursos da maneira como tenho indicado." Desde que recebi essa comunicação do Senhor, não tenho sentido desconfiança. Tenho despertado à noite com estas palavras nos meus lábios: o ouro e a prata são do Senhor, e Ele não nos falhará em nossa emergência. FD 82 3 Como é maravilhoso o caminho do Senhor! É para glória Sua outorgar-nos as coisas de que mais necessitamos. Durante as horas da noite, tenho visto o braço da Onipotência, estendido para guiar-nos, e conduzir-nos sempre para a frente, sempre para a frente. "Avante", disse o Senhor. "Compreendo o caso todo, e enviarei auxílio. Continuem orando. Tenham fé em Mim: é para a glória do Meu nome que vocês pedem, e receberão. Serei honrado diante daqueles que observam de modo crítico o seu fracasso financeiro. Eles verão a verdade triunfar gloriosamente. E tudo o que pedirem no Meu nome, crendo, receberão." FD 82 4 Tenho freqüentemente sido instruída em casos de perplexidade quanto ao caminho do dever. Onde houver um sincero desejo de fazer a vontade de Deus, à parte de qualquer consideração egoísta, pessoal, o Senhor ouvirá e atenderá a oração. FD 83 1 Se contamos com as promessas que Deus tem dado em Sua Palavra, podemos avançar confiantemente, a despeito de aparências desanimadoras. O Senhor nos suscitará auxiliadores, na pessoa de homens a quem Ele moverá por Seu Espírito, para que nos socorram em nossa necessidade. Todo plano legítimo para o avanço da obra da salvação será um sucesso. Deveremos ver e reconhecer a atuação da providência especial de Deus. O Senhor nos autoriza a orar, declarando que ouvirá as preces daqueles que confiam, não em sua sabedoria finita, mas em Seu infinito poder. Ele será honrado por aqueles que a Ele se achegam e O servem fielmente. "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti". Isaías 26:3. -- Parábolas de Jesus, 173, 174. FD 83 2 O Senhor o tornou um mordomo de recursos. Sou grata a meu Pai celestial por tê-lo impressionado a identificar seus interesses com a obra de avançamento do Seu reino no mundo. A mais segura regra de ação é ater-nos à Palavra de Deus. O cristão é convidado a levar seus fardos a Deus em oração, e a ligar-se firmemente a Cristo pelas cordas de uma fé viva. FD 83 3 Tenho um pedido a fazer-lhe, meu irmão em Cristo Jesus. Poderia destinar uma quantia para criar um fundo para a instrução de obreiros que dêem estudos bíblicos para as famílias, depois de encerradas as reuniões campais? Durante esse período, podemos também realizar reuniões para as crianças nas tardes de sábado e domingo. Temos seguido essa regra em nossas reuniões campais aqui. Não havia sequer um guardador do sábado entre os cidadãos de Newcastle, quando a tenda foi armada ali. Desde então, milhares têm tido a oportunidade de ouvir a verdade, e sabemos que muitos deles a ouviram com alegria. Parecem estar famintos pela verdade. FD 83 4 Durante a reunião campal de Newcastle, foram marcadas reuniões para as crianças. Designaram-se os melhores professores e, durante a semana, de cem a cento e vinte crianças vieram cada dia às reuniões. Elas receberam preciosas lições sobre o amor de Cristo e Sua disposição de salvar a todos os que viessem a Ele. Entre trezentas e quatrocentas crianças vieram para as reuniões realizadas nas tardes de sábado e domingo. As crianças se comportavam bem, e, quando voltavam para casa, contavam a seus pais sobre as lições que haviam aprendido. Alguns desses pais têm recebido a verdade. FD 83 5 Continuam em Newcastle reuniões na tenda, desde que se encerraram as reuniões campais, e trinta e cinco se converteram e foram batizados. Muitos mais estão interessados. Maravilhosas conversões têm sido testemunhadas entre homens que não haviam assistido a uma única reunião religiosa por anos, antes de virem à tenda. Fumantes e consumidores de bebidas alcoólicas viram-se no espelho do evangelho como transgressores da lei e, com arrependimento, receberam a Cristo como Salvador pessoal. Os ministros estão atônitos, pois não mais vêem fumantes fumando nem bebedores de cerveja bebendo, e sim transformados e convertidos. Isso, para eles, parece milagre. FD 84 1 Foi alugada uma casa para os ministros e suas esposas, e para aqueles a quem estão ensinando a dar estudos bíblicos de casa em casa. As pessoas são convidadas a levar amigos e vizinhos a essas reuniões, e lhes é dada oportunidade de fazer perguntas sobre as lições apresentadas. Essas são ocasiões de profundo interesse. Tenho grande confiança nesse método de trabalho. Os obreiros envolvidos na caça e pesca de almas de homens e mulheres trabalham arduamente, da manhã à noite. Com freqüência, seus compromissos não se encerram antes das dez da noite. FD 84 2 O trabalho, agora, começou em Wallsend, subúrbio a dezesseis quilômetros de Newcastle, e em Maitland, uma cidade a trinta e dois quilômetros de Newcastle. Esse é um grande campo, e empregaremos obreiros que darão seu tempo integral à obra. O pastor Haskell e sua esposa estão agora trabalhando em Newcastle. Eles possuem tato e habilidade, e ensinam a verdade tanto em público quanto de casa em casa. Haverá ali outros ministros, além do pastor Haskell e dos obreiros bíblicos. São necessários não menos do que doze obreiros nesse lugar, pois é um grande campo. FD 84 3 No passado, separei recursos para manter esse tipo de trabalho, mas eles estão exauridos, pois neste campo os chamados têm sido contínuos. A obra missionária vem sendo realizada em muitas cidades. FD 84 4 As esposas dos ministros unem-se a eles nesta obra, e realizam aquilo que seus esposos, possivelmente, não fariam. A fim de realizar a obra, essas irmãs precisam contratar alguém para que faça suas tarefas domésticas. Exige-se o melhor talento para fazer esse tipo de trabalho missionário, e as mulheres que o fazem devem receber uma quantia condizente por seu labor. Mas, devido à escassez de recursos, nossas irmãs têm recebido muito pouco como pagamento, e mesmo assim têm prosseguido fielmente no trabalho, sem que nenhuma provisão definida esteja sendo feita em seu favor. Obreiros menos qualificados, que estão recebendo instrução por preceito e exemplo, recebem uma libra por semana, com o que pagam sua hospedagem. Até agora, porém, as esposas de ministros não têm recebido nenhum pagamento. FD 84 5 Desejo criar um fundo para pagamento dessas devotadas senhoras que são os mais úteis obreiros em dar instruções bíblicas. Sou também levada a dizer que nos cumpre educar mais obreiras para fazerem esse trabalho. Evangelismo, 477. Vou direto ao ponto. Consentirá o irmão em tornar-me sua administradora, confiando-me certa quantia para ser investida na educação e no sustento de obreiros, e também para ajudar a erigir as modestas casas de reunião que precisamos construir? Tenho investido recursos em cada casa de adoração, com exceção de uma que foi construída por nosso povo na Austrália. FD 85 1 Acho que tornei claro esse caso. Se desejar, enviarei um relatório semestral de como seu dinheiro está sendo aplicado. FD 85 2 Estou decidida a fazer avançar a obra aqui, e para isso tomei emprestadas mil libras da África. Alguns meses atrás, o prazo do empréstimo venceu, mas foi estendido para um ano, a quatro e meio por cento. Também tomei dinheiro emprestado da América, a cinco e seis por cento. Não estou sendo pressionada a pagar esse dinheiro, mas quando for exigido, ele deve ser pago. Aqueles que o emprestaram a mim sentiram que ele estaria mais seguro sob minha responsabilidade do que no banco, mas agora algumas dessas pessoas se encontram em circunstâncias de aperto. Uma ou duas são viúvas, e precisarão do seu dinheiro mais cedo ou mais tarde. Digo-lhe isso para que saiba por que lhe peço que me ajude a formar esse fundo para manter obreiros no campo. -- Carta 83, 1899. FD 85 3 Quando os cônjuges trabalham juntos, ambos devem receber remuneração -- Vez após vez, tenho repetido a instrução que o Senhor me deu acerca da abertura de novos campos, para que nossas grandes cidades ouçam as verdades da terceira mensagem angélica. [...] FD 85 4 A página impressa não pode realizar sozinha a obra que o ministro faz pessoalmente. Ele pode explicar as Escrituras às pessoas, orando com elas e apelando a elas, e tornando eficazes as verdades da Bíblia. Não apenas um ou dois homens são chamados a realizar esse trabalho, mas muitos homens e mulheres, que têm habilidade para pregar e ensinar a Palavra. [...] FD 85 5 Enviemos homens e mulheres para trabalhar com fé e consagração para dar esta última mensagem de misericórdia ao mundo. Quando for possível, que o ministro e sua esposa saiam juntos. A esposa pode muitas vezes trabalhar ao lado do esposo, realizando um nobre trabalho. Ela pode visitar os lares das pessoas e auxiliar as mulheres nessas famílias de um modo que seu esposo não pode. [...] FD 85 6 O pastor Haskell e esposa têm unido seus labores na Associação da Califórnia. As condições, ali, exigem a colaboração de ambos. Que ninguém questione o direito que a irmã Haskell tem de receber remuneração por seu trabalho. O Dr. Kress e sua esposa também devem se unir no esforço missionário. Ninguém questionaria o direito da irmã Kress de receber salário. Trabalhando assim, o irmão e a irmã Kress podem realizar mais do que se atuassem separadamente. -- Manuscript Releases 12:165-167. FD 85 7 É feita injustiça ao não se pagar as mulheres -- Os ministros recebem pagamento por seu trabalho, e isso está bem. E se o Senhor dá à esposa, bem como ao marido, o fardo do labor, e se ela dedica seu tempo e forças para visitar família após família, abrindo-lhes as Escrituras, embora as mãos da ordenação não lhe tenham sido impostas, ela está realizando uma obra alinhada ao ministério. Deveriam os seus esforços ser contados como nada, e o salário do seu esposo não ser mais do que o do servo de Deus cuja esposa não se dedica à obra, mas permanece em casa para cuidar da família? FD 86 1 Enquanto me encontrava na América, recebi luz sobre esse assunto. Fui instruída no sentido de que há questões que necessitam de consideração. Tem sido feita injustiça a mulheres que trabalham tão devotadamente quanto seu esposo, e que são reconhecidas por Deus como necessárias à obra do ministério, assim como o esposo. O método de pagar obreiros homens e não a esposa é um plano que não segue a ordem do Senhor. Faz-se, assim, injustiça. É cometido um erro. O Senhor não concorda com esse plano. Esse arranjo, se levado avante em nossa Associação, é capaz de desanimar nossas irmãs de se prepararem para a obra na qual deveriam engajar-se. FD 86 2 Comete-se um erro quando o fardo do trabalho é deixado inteiramente sobre os ministros. Esse plano, certamente, foi arranjado sem o apoio de Deus. Algumas mulheres, agora, estão ensinando moças a trabalharem com êxito na visitação e ministração de estudos bíblicos. As mulheres que trabalham na causa de Deus devem receber salário proporcional ao tempo que dedicam à obra. Deus é um Deus de justiça, e se os ministros recebem salário por seu trabalho, sua esposa, que se dedica de modo igualmente interessado ao trabalho como obreira de Deus, deve receber em adição ao salário que o marido recebe, mesmo que não peça isso. Quando o dedicado pastor e sua esposa se empenham no trabalho, devem receber salário proporcional ao salário de dois obreiros distintos, a fim de que tenham recursos para usar como julgarem conveniente na causa de Deus. O Senhor colocou o Seu Espírito sobre ambos. Se o marido morrer e deixar a esposa, ela está capacitada a continuar a obra na causa de Deus, e receber salário pelo trabalho que realiza. -- Manuscript Releases 5:29-31. FD 86 3 Não ache alguém que as mulheres não devem receber salário justo -- Escolhamos senhoras que desempenhem sua parte diligentemente. O Senhor utilizará mulheres inteligentes na obra de ensinar. E ninguém pense que essas senhoras que compreendem a Palavra, e que têm aptidão para ensinar, não devam receber remuneração. Elas devem ser pagas tão certamente como seu marido. Grande obra têm as mulheres a efetuar na causa da verdade presente. Pelo exercício do tato feminino e um sábio emprego de seu conhecimento da verdade bíblica, elas podem remover dificuldades que nossos irmãos não podem abordar. Necessitamos de obreiras que trabalhem em ligação com seus maridos, e devemos animar as que desejam ocupar-se neste ramo de esforço missionário. -- Evangelismo, 491. FD 87 1 Devida compensação para o trabalho de mulheres -- Se uma mulher for apontada por Deus para fazer certo trabalho, seu trabalho deve ser calculado de acordo com o valor. Alguns podem pensar que seja correto permitir que as pessoas devotem seu tempo e trabalho à obra sem remuneração. Deus, porém, não apóia tais soluções. Ao se exigir sacrifício por causa de falta de recursos, não se deve fazer recair o fardo exclusivamente sobre umas poucas pessoas. Todos devem unir-se nesse sacrifício. -- Testimonies for the Church 7:207, 208. FD 87 2 O sacrifício não se deve limitar a mulheres fiéis -- Grande é a obra a ser feita no mundo, e todo talento deve ser empregado em harmonia com os retos princípios. Se uma mulher for designada pelo Senhor para fazer determinada obra, seu trabalho deve ser estimado segundo o seu valor. Todo o que trabalha deve receber o que lhe é devido. -- Evangelismo, 491. FD 87 3 Pagar salário a mulheres que fazem a obra evangelística -- Fui solicitada a visitar Melbourne antes que fosse necessário remover a tenda, mas, por conta do forte calor, não ousaram tornar o pedido urgente demais. O pastor Robinson achou que meu testemunho devia ser dado e que era grandemente necessário. Ele e a esposa ficaram para assumir a responsabilidade do trabalho, dando estudos bíblicos, dirigindo a missão e preparando vários rapazes e moças como obreiros. O trabalho tem repousado pesadamente sobre eles. A irmã Robinson contratou uma menina para fazer as tarefas domésticas e está realizando um trabalho tão pesado, em todos os sentidos, quanto o do ministro. As mulheres obreiras não têm recebido pagamento, mas isso mudará no devido tempo. A causa está entravada por carência de recursos. -- Manuscript Releases 12:160. FD 87 4 Salário pago com dízimo a ser determinado pela situação -- As mulheres, da mesma maneira que os homens, são necessárias na obra que precisa ser feita. As que se entregam ao serviço do Senhor, que trabalham pela salvação de outros, fazendo o trabalho de casa em casa, o que é tão fatigante como estar perante uma congregação -- e mesmo mais fatigante -- devem receber pagamento por seus esforços. Evangelismo, 493, 494. Se um homem é digno do seu salário, a mulher também é. FD 87 5 Deus confiou talentos a Seus servos, e espera que vejam [entendam] que podem ser cometidos erros. [Mas] não se cometa erro ao negligenciar corrigir o erro de dar aos ministros menos do que devem receber. Quando virem pessoas que foram colocadas em posição de confiança passando necessidade, permitam que Deus mova seu coração para consertar as coisas. O dízimo deve ir para aqueles que laboram na palavra e na doutrina, sejam homens ou mulheres. -- Manuscript Releases 1:263. FD 87 6 Ver Apêndice D. ------------------------Capítulo 9 -- Ministério na vizinhança FD 88 1 Devemos sentir ser nosso especial dever trabalhar pelos que se encontram em nossa vizinhança. Pensemos como ir em socorro dos que não têm interesse nas coisas religiosas. Ao visitar os amigos e vizinhos, mostremos interesse em seu bem-estar espiritual, da mesma maneira que pelo bem-estar físico. Falemos de Cristo como um Salvador que perdoa o pecado. Convidemos os vizinhos para nossa casa, e leiamos partes da preciosa Bíblia, e de livros que lhes explicam as verdades. Convidemos para se unirem conosco em cânticos e orações. Nessas pequeninas reuniões, o próprio Cristo estará presente, segundo prometeu, e os corações serão tocados pela Sua graça. -- A Ciência do Bom Viver, 152. FD 88 2 Mulheres necessárias em vários ramos da obra -- Há, nos vários ramos do trabalho da causa de Deus, um vasto campo em que nossas irmãs podem fazer bom serviço para o Mestre. Muitos ramos da obra missionária são negligenciados. Nas diversas igrejas, muito trabalho é deixado por fazer ou executado imperfeitamente, o qual podia ser bem feito com o auxílio que nossas irmãs, sendo devidamente instruídas, podem dar. Por várias formas de esforços missionários, podem elas atingir uma classe não alcançada por nossos pastores. Entre as nobres mulheres que tiveram a coragem moral de decidir-se em favor da verdade para este tempo, muitas são dotadas de tato, percepção, boas aptidões, e que darão obreiras bem-sucedidas. Os esforços dessas mulheres cristãs são necessários. -- Evangelismo, 466. FD 88 3 Amiga das pessoas -- Caso um membro da família de Cristo caia em tentação, os outros membros devem olhar por ele com bondoso interesse, procurando firmar os pés que se estão desviando para caminhos falsos, e conquistando-o para uma vida pura e santa. Esse serviço requer Deus de todo membro de Sua igreja. [...] FD 88 4 Essa é uma forma de trabalho missionário doméstico, que é tão proveitoso para os que o fazem, como para aqueles por quem é feito. O bondoso interesse que manifestamos no círculo doméstico, as palavras de simpatia que dizemos aos nossos irmãos e irmãs, habilitam-nos a trabalhar pelos membros da família do Senhor, com quem, uma vez que permaneçamos fiéis a Cristo, viveremos por todos os séculos. "Sê fiel até à morte", diz Cristo, "e dar-te-ei a coroa da vida". Apocalipse 2:10. Portanto, quão cuidadosamente devem os membros da família do Senhor guardar seus irmãos e irmãs! Tornemo-nos amigos seus. Se eles são pobres, e necessitados de alimento e vestuário, supramos as necessidades materiais da mesma maneira que as espirituais. Seria essa uma dupla bênção. -- Evangelismo, 353. FD 89 1 Amiga de famílias em necessidade -- As irmãs podem fazer muito para aproximar-se do coração e enternecê-lo. Onde quer que estejam, minhas irmãs, trabalhem com simplicidade. Se estiverem em uma casa onde há crianças, demonstrem interesse nelas. Façam-nas sentir que as amam. Se uma está doente, ofereçam-se para ajudar nos tratamentos; ajudar a mãe, exausta de cuidados e ansiosa por aliviar o sofrimento de seu filhinho. -- Evangelismo, 460. Todos devem ter parte na obra de Deus FD 89 2 Nossas irmãs podem fazer muito -- Nossas irmãs estão fazendo comparativamente nada, quando poderiam fazer muito. Cristo está examinando a vida e o caráter em busca de frutos, e encontrando muitos professos cristãos, à semelhança da figueira infrutífera, que nada produzem a não ser folhas. As irmãs podem trabalhar eficientemente para obter assinantes para nossos periódicos, trazendo, assim, a luz perante muitas mentes. A distribuição de folhetos e a obra da colportagem cristã pode ser feita igualmente por nossas irmãs e nossos irmãos. FD 89 3 Satanás está ativo neste departamento de sua obra, espalhando literatura que está rebaixando a moral e envenenando a mente dos jovens. Publicações ateístas estão sendo espalhadas largamente através do país. Por que não deveria cada membro da igreja estar empenhado, com o mesmo profundo interesse, em espalhar publicações que elevem o espírito do povo, e lhes apresentem diretamente a verdade? Essas revistas e folhetos são para luz do mundo, e muitas vezes têm sido instrumentos na conversão de pessoas. Nossas publicações estão hoje espalhando a semente do evangelho e, da mesma maneira que a palavra falada do púlpito, são instrumentos para trazer muitas pessoas a Cristo. Igrejas inteiras têm surgido em resultado de sua circulação. FD 89 4 Nessa obra todo discípulo de Cristo pode tomar parte. Steps to Christ, 146. Façam com que os folhetos, as revistas e livros sejam disseminados em todas as direções. Levem, por onde forem, um pacote de escolhidos folhetos, os quais podem passar a outros, logo que surja oportunidade. Que se venda o que for possível, e emprestados ou dados, segundo as circunstâncias. Os resultados serão importantes. -- Steps to Christ, 151. FD 90 1 Certeza de estar trabalhando para Jesus -- Nossas irmãs não são excluídas de tomar parte na obra de Deus. Todos que tenham provado as virtudes do mundo por vir têm fervoroso trabalho a fazer em algum setor da vinha do Senhor. Nossas irmãs podem conduzir as coisas de modo a estarem sempre com os seus dedos ocupados na manufatura de delicados artigos de embelezamento de seu lar ou para presentear aos amigos. Grandes quantidades dessa espécie de material podem ser levadas e postas sobre a pedra fundamental, mas olhará Jesus para toda essa variedade de delicado trabalho como um vivo sacrifício para Si? Louvará Ele tais pessoas com as palavras: "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência", e como "sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo Meu nome e não te cansaste"? Apocalipse 2:2, 3. -- Beneficência Social, 155. FD 90 2 Todas podem fazer algo em casa -- Nossas irmãs têm sido muito prontas para se excluírem de aceitar responsabilidades que requeiram meditação e acurada aplicação mental; entretanto essa é exatamente a disciplina que elas precisam para aperfeiçoar a experiência cristã. Podem ser obreiras no campo missionário, interessando-se pessoalmente na distribuição de folhetos e revistas que representem corretamente nossa fé. Steps to Christ, 29. Nem todas podem trabalhar no exterior, mas todas podem fazer algo em casa. [...] FD 90 3 Deveríamos, como cristãs, ter um senso permanente de que nosso tempo, nossas forças e capacidade foram adquiridos por preço infinito. Não pertencemos a nós mesmas, para usarmos nossos momentos na gratificação de nossos caprichos e do orgulho. Como filhas da luz, devemos difundir luz aos outros. Nosso estudo deve ser como glorificar melhor a Deus, como trabalhar para salvar e abençoar almas por quem Cristo morreu. Trabalhando para abençoar a outros, estaremos reunindo forças e coragem para nossa própria alma, e receberemos a aprovação de Deus. Centenas de nossas irmãs poderiam estar trabalhando hoje, se quisessem. -- Steps to Christ, 28. FD 90 4 Aquelas que agora não estão fazendo nada deviam trabalhar. Que cada irmã que professa ser filha de Deus sinta, em verdade, a responsabilidade de ajudar a todos que lhe estiverem ao alcance. Steps to Christ, 29. As mais nobres de todas as realizações podem ser alcançadas através da abnegação e benevolência por outros. -- Beneficência Social, 160. FD 90 5 Semear junto a todas as águas -- Se nossas irmãs passassem o tempo que Deus lhes deu em fervorosa oração, e no estudo de Sua Palavra, Ele lhes concederia sabedoria celestial, para que soubessem como trabalhar mediante a graça que lhes foi dada por Deus para salvar as almas dos que se encontram ao seu redor. Nossas irmãs poderiam começar com o trabalho missionário em sua própria casa; então saberiam como trabalhar inteligentemente por seus vizinhos. Caso se interessassem por esse tipo de trabalho, poderiam semear as sementes da verdade. Devemos semear junto a todas as águas, mesmo que não saibamos qual prosperará, se esta ou aquela. Esse tipo de trabalho compensa, pois seus resultados são duradouros como a eternidade. É representado como colocando nos fundamentos ouro, prata e pedras preciosas -- materiais que não se consomem nem perecem, mas duram como a eternidade. O primeiro trabalho para nós, individualmente, é uma consagração pessoal a Deus. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1888. Colaboradoras de Deus FD 91 1 Orar por amigos pessoais -- Deus fará por nós coisas maiores do que podemos pedir ou pensar, se tão-somente nEle confiarmos plenamente. Creremos, avançaremos em fé, esperança e coragem, apegando-nos com firmeza Àquele que é poderoso? [...] Que todos os que professam a verdade presente demonstrem seus puros e santos princípios no viver. Se nossas irmãs tão-somente sentissem que podem fazer muito, se se consagrassem a Deus, seriam de grande ajuda. Se falassem e atuassem com sabedoria celestial entre seus conhecidos, poderiam fazer uma boa obra. FD 91 2 Se falassem menos sobre assuntos não importantes e orassem mais fervorosamente, e levassem a Jesus o caso de seus amigos que não estão na verdade, suplicando-Lhe que lhes ilumine a mente, suas orações poderiam fazer muito bem; certamente o farão, se feitas com fé. Nossas irmãs podem ser colaboradoras de Deus. Poderão, quando esta vida aqui se encerrar, olhar para sua vida, não como um árido deserto, mas com botões, flores e frutos como resultado da atividade de sua vida. -- Manuscript Releases 7:40, 41. Que os jovens sejam preparados para servir aos outros FD 91 3 Organizar-se para o serviço -- Jovens de ambos os sexos, devem se organizar em grupos e, como soldados de Cristo, alistar-se na obra, pondo todo o tato, habilidade e talento no serviço do Mestre, a fim de poder salvar almas da ruína. Que em toda igreja haja grupos organizados para fazer essa obra. [...] Não quererão os jovens que realmente amam a Jesus organizar-se como obreiros, não somente em favor daqueles que professam ser observadores do sábado, mas também dos que não pertencem à nossa fé? -- Steps to Christ, 34. FD 91 4 Ensinar métodos práticos de fazer trabalho missionário -- O que agora se necessita para a edificação de nossas igrejas é do importante trabalho de obreiros sábios para discernir e desenvolver talentos na igreja -- talentos que possam ser preparados para o uso do Mestre. [...] Os que estão empenhados em visitar as igrejas, devem ensinar aos irmãos e às irmãs os métodos práticos de fazer trabalho missionário. Steps to Christ, 58. Que haja uma classe de preparo para os jovens que se dispõem a trabalhar, se forem ensinados. Rapazes e moças devem ser ensinados a tornar-se obreiros em casa, na vizinhança e na igreja. -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1888. FD 92 1 Os jovens podem realizar reuniões -- Antes de eu apresentar essas questões [dirigindo reuniões na Austrália] aos estudantes da escola de Avondale, alguns se haviam empenhado diligentemente no esforço missionário, visitando famílias, distribuindo literatura e dando estudos bíblicos em locais que ficavam de um a sete quilômetros de distância. Mas muitos dos estudantes aqui, como na maioria das outras escolas, agiam com base na teoria de que seria mais sábio aprender tudo o que pudessem durante a permanência na escola, e aguardar o encerramento das aulas para, então, assumir algum esforço missionário ativo. [...] FD 92 2 Ao estudarmos o que seria para o melhor interesse das igrejas de Nova Gales do Sul, e para os alunos da escola que haviam tido experiência em trabalhar para Cristo, julgou-se que seria melhor incentivar pessoas com alguma experiência para deixar a escola e passar a semana visitando igrejas, ajudando a realizar reuniões e unindo-se aos obreiros dessas igrejas em sincero labor por aqueles que necessitavam de ajuda. Sete, então, saíram de Cooranbong, além do pastor Haskell, que passou a semana com a igreja de Stanmore, junto à qual atuou de maneira muito eficiente e amorosa. FD 92 3 Quando essa questão foi considerada pela primeira vez, para alguns pareceu algo grave perder uma semana do semestre escolar. Custara muito chegar à escola, e aparentemente essa seria a última oportunidade de freqüentá-la, sendo cada lição muito preciosa. Mas, após consideração, o serviço foi aceito alegremente, a cruz foi levantada e, ao ser levantada, levantou aquele que a erguia. Nenhum dos obreiros se acomodou confortavelmente, mas passavam com rapidez de um lugar para outro. Tiveram calorosa recepção. Encontraram pessoas solitárias, famintas por encorajamento espiritual; ao regarem a vida dos outros, seu próprio espírito era regado. Quando esses obreiros retornaram à escola, estavam cheios de alegria e ânimo. Sua fé se havia desenvolvido com o trabalho, e estavam prontos a motivar e ajudar seus companheiros. FD 92 4 Nessa ocasião, irrompeu entre a colônia uma grave epidemia de gripe. Apareceu primeiro nas cidades e depois abriu caminho pelo interior. Como era de esperar, a escola foi um dos últimos lugares afetados. Havia muitos enfermos ao nosso redor; os alunos da turma de enfermagem prática apresentaram-se voluntariamente para ir, quando necessário, e cuidar dos doentes. Assim, foram enviados, de dois em dois, para ministrar tratamentos e cuidar daqueles que estavam mais fracos. FD 92 5 Essas experiências lhes prepararam o coração para apreciar e receber instruções acerca do valor do esforço missionário como parte de sua educação. Ao ser apresentado o assunto na escola e na igreja, durante a semana de oração, alunos e professores procuraram agir segundo as sugestões, e encontraram oportunidades de trabalho por todo lado. Nas tardes de sábado e domingo, de dezesseis a vinte alunos se empenhavam em realizar reuniões de oração, estudos bíblicos, reuniões de jovens e serviço de pregação, em seis a dez lugares diferentes. Um resultado desse trabalho já vemos -- os obreiros se sentem grandemente abençoados. Outros resultados poderão ser vistos no futuro. -- The Review and Herald, 4 de Outubro de 1898. Uma carta missionária para Maria Chase FD 93 1 Maria Chase era sobrinha de Tiago White, filha da irmã dele, Mary. Querida sobrinha Maria: FD 93 2 Tenho o desejo de enviar-lhe algumas linhas. Não perdi meu interesse por você, embora tenha ficado muito desanimada acerca do seu caso. À medida que parece diminuir a perspectiva de se tornar cristã, tenho sentido uma dolorosa ansiedade a respeito de seu rumo e perspectivas futuras. FD 93 3 Não sei se entendo plenamente seu atual estado mental, e posso não estar tão preparada para ajudá-la como se o entendesse. Eu deveria saber melhor como abordá-la se soubesse que deseja sinceramente tornar-se uma humilde cristã. Tenho pensado que talvez deseje isso, mas que, devido ao seu último fracasso em levar avante o propósito de se tornar cristã, tenha ficado desanimada. [Pode] ter pensado que a confiança dos outros em você ficou tão abalada que não teriam fé nos esforços que poderia fazer no futuro. FD 93 4 Mas, Maria, se a vida cristã exerce atração sobre você, e consegue ver a malignidade do pecado e sua condição perdida sem Cristo, aconselho-a a começar de novo, de maneira séria. Com mansidão, busque o Senhor. Poderá sentir-se muito desconfiada de si mesma, pois tem razão para isso. Mas Deus é leal, e eu a aconselho, pelo bem de sua salvação, que tente outra vez e procure sinceramente tornar-se seguidora de Cristo. Essa é uma obra que ninguém pode fazer por você. É uma obra solene entre Deus e seu coração, a qual deve passar pelo teste do Todo-Poderoso. FD 93 5 Permita-me insistir em que procure aquelas coisas que constituem sua paz. Durante toda a sua vida, você tem buscado ansiosa e sofregamente prazeres terrenos e diversões mundanas para satisfazer a mente inquieta; mas em cada prazer terreno e mundano se encontra um espinho. No seu caso, tem havido desapontamento após desapontamento, e a vida tem sido um fracasso. Assim, não tem cumprido na Terra o propósito que Deus lhe designou. Sua mente tem tido a permissão de ocupar-se com frivolidade, moda e ostentação. A aparência tem sido o altar sobre o qual sacrifica a sobriedade de pensamento -- elevadas considerações e interesses eternos que são tão mais altos e valiosos que os interesses terrenos, assim como o céu é mais alto que a Terra. FD 94 1 Satanás tem coberto o caminho largo e descendente com tentadoras flores, mas aqueles que são atraídos para a morte, nesse caminho, aprendem por experiência que essas agradáveis flores murcham, tão logo são colhidas. Elas não exalam um doce perfume, porém um odor desagradável e forte. FD 94 2 Maria, você pretende dedicar a Deus o pouco tempo que lhe é concedido, e garantir sua felicidade aqui e a salvação no porvir? Suplico-lhe que assuma o trabalho com seriedade. Não mais venere sua aparência pessoal, que não pode sequer colocá-la sob o favor de Deus. Deus preza o valor moral. Diz Pedro, "não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus". 1 Pedro 3:3, 4. FD 94 3 Busque esse espírito manso e tranqüilo. Livre-se desse espírito que a controla em grande medida. Supere esse desejo de volubilidade, e busque a mansidão e a justiça. Acredito que Deus ainda lhe estenderá Sua graça, se voltar a Ele de todo o coração, e fizer do aprendizado com Cristo o seu primeiro e básico interesse. Aprenda como servi-Lo. Estude a Bíblia, rogando a Deus que lhe ilumine a mente para compreender seus sagrados ensinos, que tão longamente tem negligenciado e desprezado. Volte sua atenção para as palavras de vida. Examine as Escrituras. FD 94 4 Durante toda a sua vida, seu coração tem estado em rebelião contra Deus. Tem tripudiado sobre Sua oferta de misericórdia, escolhendo as coisas prazerosas do mundo e o serviço de Satanás, em lugar do serviço de Cristo. Jesus, todavia, com ilimitada misericórdia ainda a convida a escolhê-Lo como Salvador e a tornar-se filha de Deus, herdeira da glória. Se quiser, poderá escolher a vida e a salvação, ou escolher adorar a si mesma e dedicar as preciosas horas do seu tempo de graça para tornar sua pessoa atraente para agradar aos olhos dos mundanos e sensuais, receber bajulação de lábios mentirosos e, por fim, ceifar a seara que tem semeado -- corrupção. O pobre corpo mortal que tem sido o seu ídolo, o seu deus, será cortado como pasto e secará como a erva. Ah, Maria, como tenho sentido aflição ao ver sua mente quase completamente tomada pela preocupação consigo, com seu vestuário, com a aparência. Sua mente parece empenhar-se o tempo todo para melhorar sua aparência. FD 94 5 A Palavra de Deus nos exorta a estudar como apresentar-nos provados diante de Deus. Quanto tem sido estudada essa importante lição? Tem você cobiçado a aprovação e o louvor daqueles que são amantes dos prazeres e inimigos de Deus, ao mesmo tempo em que não tem elevados desejos e determinação de propósito a buscar, acima de tudo mais, para apresentar-se aprovada diante de Deus. [É] Ele quem lhe concede vida e todas as boas coisas que tem desfrutado. FD 95 1 Deixo com você estas linhas apressadamente escritas, orando para que lhe façam bem. Rogo-lhe novamente para que tome o propósito de buscar o Senhor. Ore muito. Chore e ore. Humilhe-se diante de Deus, confiando só nos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto, Aquele que faz intercessão por corações tão poluídos pelo pecado como o seu. Se outros não a ajudam como você acha que deveriam, não desanime. Seu caso é de vida ou morte. Anjos de Deus observam com interesse para ver se será vencida por Satanás, ou [se] será vencedora e, mediante a eficácia do sangue de Cristo, esmagará Satanás sob seus pés. Escolherá a Cristo como a sua porção para sempre? FD 95 2 Ore, Maria, fervorosamente, para que Deus lhe revele o pecado e a corrupção do seu coração. Permita que esse desejo a acompanhe, pois é importante que se veja como pecadora, a fim de sentir a necessidade de perdão através do sangue de Cristo. Que sua segunda oração seja: "Senhor, revela-me a Ti mesmo, Tua misericórdia e o valor do Teu sangue." Apodere-se da vida eterna. Você já provou a inutilidade das coisas terrenas, e para mim tem sido espantoso que ainda pareça manifestar tão pouco interesse em tornar-se cristã. Mas agora posso entendê-lo. Sua aparência pessoal é o seu ídolo. Deus não pode habitar no coração ou nos pensamentos onde o eu reina supremo. Satanás propõe-se usar sua boa aparência para a sua própria destruição e, se ele for bem-sucedido, essa acabará sendo a maior maldição que já lhe sobreveio. FD 95 3 Para que serve a ostentação e a aparência, por si sós? O que é a beleza, sem valor moral ou sem a verdadeira bondade do coração e a nobreza de caráter? É mero brilho exterior, que agrada a certo tipo de mentalidade, mas que perecerá no dia de Deus, deixando apenas uma deformidade pecaminosa e corrupta. Busque o Céu, busque a verdadeira humildade, e Deus então lhe dirigirá o caminho. -- Carta 2, 1865. ------------------------Capítulo 10 -- A obra da temperança FD 96 1 A definição de temperança, feita pela senhora White, é extraordinária: "A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável". Temperança, 138. Nesta seção, contudo, tratamos da reforma da temperança com referência, basicamente, ao uso do álcool. Ellen White era uma oradora muito procurada para falar sobre temperança. Tinha grande preocupação pelo assunto, e esse era muitas vezes o seu tema quando falava em grandes reuniões públicas. Os princípios aqui expostos podem bem ser aplicados ao abuso de qualquer substância. FD 96 2 Usar a influência em favor da temperança -- Os defensores da temperança deixam de cumprir seu inteiro dever a menos que exerçam sua influência por preceito e exemplo -- pela voz, pela pena e pelo voto -- em favor da proibição e da abstinência total. -- Temperança, 253, 254. FD 96 3 Parte da terceira mensagem angélica -- Cumpre-nos, em nossa obra, dar mais atenção à reforma da temperança. Toda atividade relacionada com reforma, envolve arrependimento, fé e obediência. Isso significa o reerguimento da pessoa a uma vida nova e mais nobre. Assim toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da terceira mensagem angélica. A reforma da temperança requer nossa especial atenção e apoio. Devemos, em nossas reuniões campais, chamar a atenção para essa obra, tornando-a um assunto vital. Precisamos apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o compromisso de temperança. Importa dar cuidadosa atenção aos que se acham escravizados pelos maus hábitos. Cumpre-nos levá-los à cruz de Cristo. FD 96 4 Há, noutras igrejas, cristãos que estão na defesa dos princípios da temperança. Devemos nos aproximar desses obreiros, abrindo caminho para que estejam conosco lado a lado. Devemos convidar grandes homens, homens bons, para apoiarem nossos esforços em salvar o que se havia perdido. [...] FD 96 5 Unicamente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esse tipo de ministério -- muitas pessoas oprimidas pela dúvida e cansadas do mundanismo e da agitação têm sido levadas ao grande Médico, que almeja salvar perfeitamente todos quantos se chegam a Ele. Cristo é o Salvador ressuscitado, e há cura debaixo de Suas asas. -- Testimonies for the Church 6:110, 111. FD 97 1 Não perder uma oportunidade -- Sinto não ter havido nos últimos anos mais vivo interesse, entre nosso povo, para ampliar este ramo da obra do Senhor. Não nos podemos permitir perder uma ocasião de unir-nos com a obra da temperança em qualquer parte. Se bem que a causa da temperança nos países estrangeiros não avance sempre tão rapidamente como poderíamos desejar, todavia em alguns lugares os esforços dos que se empenharam nela foram seguidos de decidido êxito. Na Europa, achamos o povo acessível nessa questão. Uma ocasião em que aceitei um convite para falar a um grande auditório acerca da temperança, o povo honrou-me colocando no púlpito a bandeira americana. Minhas palavras foram recebidas com a mais profunda atenção, e ao fim de minha palestra foi-me concedido caloroso voto de agradecimentos. Nunca, em toda a minha obra nesse sentido, recebi uma palavra de desrespeito. -- Temperança, 225, 226. FD 97 2 A juventude pode ser uma grande força -- Nenhum grupo de pessoas há mais capaz de realização na causa da temperança do que os jovens tementes a Deus. Se os jovens que vivem em nossas cidades se unissem em um firme e decidido exército, e enfrentassem firmemente toda forma de egoísmo e condescendência que destrói a saúde, que força não poderiam eles ser para o bem! Quantos não poderiam eles salvar de se corromperem ao visitarem os salões e jardins que se acham equipados com música e toda sorte de atração para seduzir a juventude! A intemperança, a licenciosidade e a profanação são irmãs. Conselhos Sobre Saúde, 441. Que todos os jovens tementes a Deus se cinjam da armadura e avancem para a frente de batalha. Coloquemos nosso nome em cada compromisso de temperança. Será uma forma de utilizar nossa influência e induzir outros a assiná-lo. Não permitamos que qualquer fraca desculpa nos detenha em dar esse passo. Trabalhemos em benefício de nossa salvação e pelo bem dos outros. -- Temperança, 198. FD 97 3 Apoiar a temperança -- A questão da temperança deve receber decidido apoio do povo de Deus. A intemperança está lutando por adquirir o domínio; a condescendência com os próprios desejos cresce, e necessitam-se grandemente das publicações que tratam da reforma de saúde. A literatura que trata desse assunto é a mão direita do evangelho, levando as pessoas a pesquisarem a Bíblia em busca de melhor compreensão da verdade. Deve-se fazer soar a advertência contra o grande mal da intemperança; e para que isso possa ser feito, todo observador do sábado deve estudar e pôr em prática as instruções contidas em nossas revistas e livros que tratam de saúde. E devem fazer mais: incluir fervorosos esforços para pôr em circulação essas publicações entre seus vizinhos. -- Steps to Christ, 219. Nossa relação com a união de temperança das mulheres cristãs FD 98 1 Ellen White apreciava de modo especial o trabalho da U.T.M.C. Insistia na colaboração entre nossas obreiras e as dessa digna causa. Esse princípio de cooperação pode ser levado para outras áreas de trabalho humanitário. FD 98 2 Unir-se com outras mulheres na obra da temperança -- A União de Temperança das Mulheres Cristãs é uma organização com cujos esforços para disseminação dos princípios de temperança, podemos unir-nos de boa vontade. Foi-me mostrado que não nos devemos manter afastados delas, mas, conquanto não deva haver sacrifício de princípios de nossa parte, devemos o quanto possível unir-nos com elas no trabalho pró-reforma de temperança. [...] Devemos colaborar com elas quando pudermos, e podemos certamente fazê-lo na questão de fechar inteiramente os bares. -- Conselhos Sobre Saúde, 436, 437. FD 98 3 Trabalhar com a União de Temperança das Mulheres Cristãs -- Necessitamos, neste tempo, manifestar decidido interesse no trabalho da União de Temperança das Mulheres Cristãs. Ninguém que professe ter parte na obra de Deus, deve perder o interesse no grande objetivo dessa organização no sentido da temperança. Seria bom se, em nossas reuniões campais, convidássemos a U.T.M.C. a tomar parte em nossas atividades. Isso as ajudaria a relacionar-se com as razões de nossa fé, e abriria o caminho para unir-nos a elas na obra de temperança. Se assim fizermos, chegaremos a ver que a questão da temperança significa mais do que muitos têm suposto. Em certos assuntos, as obreiras da U.T.M.C. encontram-se muito adiante de nossos líderes. O Senhor tem nessa organização pessoas preciosas, que podem ser grande auxílio para nós nos esforços para promover o movimento de temperança. E a educação que nosso povo tem recebido na verdade bíblica e em certo conhecimento das reivindicações da lei de Jeová, habilitará nossas irmãs a comunicar a essas nobres defensoras da temperança o que será para seu bem espiritual. Formar-se-á, assim, uma união e simpatia onde, por vezes, existiu preconceito e desentendimento. -- Temperança, 223, 224. Sra. S.M.I. Henry, líder da união de temperança das mulheres cristãs FD 98 4 A Sra. S. M. I. Henry, líder da União de Temperança das Mulheres Cristãs, converteu-se ao adventismo enquanto era paciente no Sanatório de Battle Creek e enquanto a Sra. White morava na Austrália. As duas tornaram-se grandes amigas por correspondência, embora nunca tivessem o privilégio de conhecer-se pessoalmente. Os seguintes trechos de cartas para a Sra. Henry mostram a relação que pode ser mantida com a União de Temperança das Mulheres Cristãs por parte de mulheres adventistas habilidosas. FD 99 1 Eu me sentiria muito satisfeita se pudesse estar sentada ao seu lado para conversar a respeito dos incidentes de sua experiência. Tenho o sincero desejo de conhecê-la. Não é impossível que, ainda nesta vida, nos vejamos face a face. Ao saber da maneira generosa como Deus a tem tratado, sinto-me agradecida a meu Pai celestial porque a luz da verdade para este tempo brilha em sua mente e em sua vida. Através da vastidão das águas do Pacífico, podemos dar-nos as mãos em fé e doce companheirismo. Congratulo-me com cada oportunidade que lhe aparece para alcançar as pessoas. Louvo ao Senhor, que operou em seu favor, e porque o Grande Médico, que nunca perdeu uma causa, a curou e lhe deu acesso às pessoas, a fim de poder expor diante de muitas delas sua experiência com a longanimidade de um benevolente Redentor. -- Manuscript Releases 7:155. FD 99 2 Agradeço ao Senhor com o coração, a alma e a voz pela sua condição de importante e influente membro da União de Temperança das Mulheres Cristãs. Pela providência de Deus, foi-lhe concedida a luz para obter o conhecimento da verdade. [...] Essa luz e conhecimento deve ser levada ao trabalho, ao relacionar-se com mulheres cujo coração esteja abrandado pelo Espírito de Deus e que estejam buscando a verdade como um tesouro escondido. Por vinte anos, tenho procurado fazer com que a luz chegue às mulheres que trabalham na área da temperança. Mas, com tristeza, tenho visto que muitas delas estão entrando na política, e isso contra Deus. Elas entram em debates, questões e teorias que não precisam abordar. Cristo disse: "Eu sou a luz do mundo, quem Me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida". João 8:12. FD 99 3 O Senhor, creio plenamente, a está guiando para que conserve os princípios de temperança claros e distintos, em toda a sua pureza, em ligação com a verdade para estes últimos dias. Aqueles que fazem Sua vontade terão o conhecimento da doutrina. Temperança, 224. O Senhor determina que as mulheres aprendam dEle a mansidão e humildade de coração, e colaborem com o maior Mestre que o mundo conheceu. Quando isso for feito, não haverá luta pela supremacia e opinião orgulhosa, pois se entenderá que a mente, a voz e cada partícula de capacidade são apenas talentos emprestados, dados por Deus para serem usados na Sua obra, como acréscimo, e para serem devolvidos ao Doador com juros. Espera-se que cresçamos em capacidade, influência e poder, olhando sempre para Jesus. E, pela contemplação, seremos transformadas à Sua semelhança. FD 99 4 A obra da mulher é um poder no mundo, mas isso se perde quando, com a Palavra de Deus diante de si, ela vê um "assim diz o Senhor" e se recusa a obedecer. A maior dificuldade para a pessoa é abandonar suas supostas obras meritórias. Não é uma questão fácil entender o que significa recusar ao eu o lugar mais honrado no serviço de Deus. Inconscientemente, agimos com base nos atributos de nosso caráter e nos preconceitos de nossa mente, na própria presença de Deus, em nossas orações e cultos, em nosso serviço, e deixamos de ver que somos absolutamente dependentes da direção do Espírito Santo. Espera-se que o eu faça uma obra que está simplesmente fora do seu alcance realizar. Esse é o grande perigo da obra das mulheres na área da temperança cristã. FD 100 1 O Senhor não ordena que ninguém se separe da U.T.M.C. As pessoas que lá atuam necessitam de toda luz que lhes pode ser comunicada. Temperança, 224. Não temos que aprender delas, mas de Jesus Cristo. Façamos incidir toda luz possível no caminho delas. Podemos concordar com elas no terreno dos puros e elevados princípios que trouxeram à existência a União de Temperança das Mulheres Cristãs. "Eis", disse Cristo, "que vos envio como cordeiros para o meio de lobos". Lucas 10:3. Se Ele envia Seus discípulos para uma missão assim, não operará Ele por seu intermédio para abrir as Escrituras àqueles que se encontram no erro? Valorize a fragrância daquele amor que Cristo revelou pela humanidade caída e, por preceito e exemplo, ensine a verdade como ela é em Jesus. FD 100 2 Somente o Espírito Santo é capaz de desenvolver no coração humano aquilo que é aceitável à vista de Deus. O Senhor lhe deu capacidade e talentos a serem preservados incorruptíveis em sua simplicidade. Por meio de Jesus, pode ser feita uma boa obra. À medida que pessoas se convertem à verdade, que se unam ao que é ensinado por essas mulheres que estão dispostas a aprender, a viver e trabalhar de modo inteligente e unido. -- Carta 118, 1 de Dezembro de 1898. FD 100 3 Fico muito feliz, minha irmã, por não ter rompido sua ligação com a União de Temperança das Mulheres Cristãs. Possivelmente terá que romper essa ligação, mas não ainda, ainda não. Conserve seu cargo. Fale as palavras que lhe forem dadas por Deus, e o Senhor certamente operará por seu intermédio. Poderá ver muitas coisas que não aprova, mas não falhe nem desanime. Espero e oro para que se revista diariamente da justiça de Cristo. -- Carta 54, 24 de Março de 1899. FD 100 4 Eu espero, minha irmã, que tenha alguma influência na U.T.M.C. (Beneficência Social, 164) para atrair pessoas preciosas à norma da verdade. O Senhor está atraindo muitas a um exame da verdade, e é necessário não falhar nem ficar desanimada. Semeie junto a todas as águas. Essas são águas boas, junto às quais se pode semear as sementes da verdade, mesmo que não proclame publicamente as características distintivas de sua fé. Não seria sábio ser específica demais. O óleo da graça, revelado em sua influência consciente ou inconsciente, tornará manifesto que você tem a luz da vida. Ela resplandecerá diante dos outros em seu testemunho direto e positivo sobre assuntos com os quais todas podem concordar, e isso exercerá uma influência eficaz. -- Carta 96, 21 de Junho de 1899. FD 101 1 Fiquei muito satisfeita com sua carta, na qual me contou a história de sua experiência com a U.T.M.C. Quando a li, disse: "Graças ao Senhor! Essa é uma semeadura de valor." Estou satisfeita, muito satisfeita. O Senhor certamente abriu seu caminho. Conserve-o aberto, se possível. Poderá realizar uma obra importante. Conserve suas forças para esses esforços. Participe de reuniões importantes quando puder. Essas ocasiões podem ser muito complicadas, mas quando o Senhor dá aos Seus amados uma obra para fazer, Ele envia Seus anjos para estarem ao seu redor. FD 101 2 Há muitas pessoas preciosas a quem o Senhor gostaria de alcançar com a luz da verdade. Deve-se fazer um esforço para ajudá-las a compreender as Escrituras. Tenho sentido intenso interesse pelas obreiras da U.T.M.C. Essas heróicas mulheres sabem o que significa ter a própria individualidade. Desejo muito vê-las triunfantes com os redimidos, ao redor do grande trono branco. Minhas orações serão em seu favor, para que tenha oportunidade de assistir a esses grandes ajuntamentos, e que sua voz se faça ouvir em defesa da verdade. FD 101 3 Não ouso lhe dar conselho nessa importante questão. Mantenha sua posição; Cristo mantém a Sua. Tenha certeza de que Ele operará em você e por seu intermédio. FD 101 4 Deve representar grande ânimo em seu trabalho, pensar na compaixão e no terno amor de Deus por aqueles que buscam a luz e oram por ela. Devemos convocar reuniões de oração para pedir ao Senhor que abra o caminho, a fim de que a verdade penetre na cidadela onde Satanás erigiu o seu trono, e expulse as trevas que ele tem lançado pelo caminho daqueles a quem busca enganar e destruir. Temos a promessa ou, antes, a certeza: "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo". Tiago 5:16. -- Carta 231, Dezembro de 1899. FD 101 5 A obra que está sendo feita para ajudar nossas irmãs a sentirem sua responsabilidade individual diante de Deus é uma boa e necessária obra. Por longo tempo tem sido negligenciada; mas quando essa obra for exposta em termos claros, simples e definidos, podemos esperar que os deveres essenciais do lar, em vez de serem negligenciados, serão realizados com mais inteligência. Aprecia o Senhor que mostremos, àqueles que não entendem, o valor da vida humana. [...] FD 101 6 Cristo, nosso Salvador, valorizou a excelência do viver. Nossas irmãs passam, geralmente, por grandes dificuldades, com a família que cresce e com a indiferença para com suas provações. Tenho ansiado muito por mulheres que sejam educadoras, para que as ajudem a erguer-se do seu desânimo e a sentir que podem fazer uma obra para o Senhor. Esse esforço é para levar raios de sol à vida delas, que irão se refletir no coração de outros. Deus as abençoará, e a todas as que se unirem nessa grande obra. [...] FD 101 7 Se pudermos, devemos falar às nossas irmãs, e liderá-las, em lugar de dizer "Ide". Liderá-las para fazer como se deve fazer, ao sentir uma forte e duradoura percepção do valor da vida humana. Somos aprendizes, a fim de nos tornarmos mestras. Essa idéia deve ser impressa na mente de cada membro da igreja. FD 102 1 Cremos plenamente na organização da igreja, porém em nada que deva prescrever precisamente a maneira em que devamos trabalhar; pois nem todas as mentes são atingidas pelos mesmos métodos. Evangelismo, 473. Não se permita que coisa alguma impeça o atuante servo de Deus de alcançar seu semelhante. O crente individual deve trabalhar pelo pecador individual. [...] FD 102 2 Ensine isto, minha irmã. Temos muitos caminhos abertos diante de nós. Falemos à multidão sempre que nos for possível; conservemos toda partícula de influência que pudermos por meio de qualquer associação que possa ser tornada o meio de introduzir o fermento na massa. Todo homem e toda mulher tem uma obra a fazer para o Mestre. A consagração e santificação individuais a Deus realizarão mais, pelos métodos mais simples, do que a mais imponente exibição. -- Evangelismo, 473. [...] FD 102 3 Ensinemos às nossas irmãs que, cada dia, a pergunta deve ser: Senhor, que queres que eu faça hoje? Em cada vaso consagrado a Deus se derramará diariamente o santo óleo, a fim de que seja levado a outros vasos. Cada dia podemos avançar no caráter cristão, à espera de oportunidades para fazer a vontade e a obra de Deus. Cada palavra proferida, cada ato executado em harmonia com Cristo, terá duradoura transcendência. Falemos as palavras que nos forem dadas por Deus, e o Senhor certamente trabalhará junto conosco. Não fraquejemos nem desanimemos, mesmo vendo muitas coisas que não aprovamos. Oro para que diariamente a irmã seja revestida com a justiça de Cristo. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1899; escrito para a Sra. S. M. I. Henry, em 25 de Março de 1899. As sementes da verdade podem ser semeadas na U.T.M.C. FD 102 4 Somente a eternidade revelará o resultado -- Espero que ninguém, entre o nosso povo, tenha a mente tão estreita a ponto de dizer à irmã Henry: Rompa sua ligação com a União de Temperança das Mulheres Cristãs. A irmã Henry pode semear as sementes da verdade nessa sociedade. Não que precise revelar todo o conhecimento que obteve sobre assuntos objetáveis. Ela pode partilhar as alegres novas da salvação. Assim, quando os corações tiverem sido aquecidos pela atuação do Espírito Santo, e os muros do preconceito começarem a ceder, ela pode apresentar a verdade, ponto por ponto. Essa obra em favor da U.T.M.C. tem um lado cansativo e desalentador, e devemos unir-nos para ajudar nossa irmã. Unicamente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esta espécie de ministério -- quantas pessoas, enfermas de dúvida, e cansadas de mundanismo e de inquietação, têm sido levadas ao Grande Médico que almeja salvar perfeitamente todos quantos forem a Ele. Cristo é um Salvador ressuscitado, e há cura debaixo de Suas asas. -- Temperança, 261, 262. A morte da Sra. S.M.I. Henry representa uma verdadeira perda para a causa de Deus FD 103 1 A Sra. Henry teve uma obra a realizar entre os membros da U.T.M.C. -- Sinto-me muito triste com relação ao falecimento da irmã Henry. A luz que me deu o Senhor foi de que Ele teve uma obra para ela na U.T.M.C., e de que o vigor dessa obra não deve ser amortecido entre nosso povo. Ela podia fazer pela U.T.M.C. aquilo que ninguém, nas nossas fileiras, poderia, e ela não devia permitir que nosso povo a levasse a desperdiçar a capacidade que Deus lhe deu. O Senhor ia adiante dela no seu trabalho. -- Manuscript Releases 7:167. FD 103 2 Trabalhar através de mulheres de influência com ternura e amor -- Não represente a verdade e a situação das coisas como tão tremenda que aquelas que pertencem à U.T.M.C. se afastem, desesperadas. Há verdades vitais sobre as quais elas têm tido muito pouca luz. Elas devem ser tratadas com ternura, amor e respeito para com o seu bom trabalho. [...] Retenha sua condenação até que o nosso povo tenha feito tudo o que se pode fazer para alcançá-las, não pelos eruditos argumentos dos ministros, mas por intermédio de mulheres de influência que trabalham como a irmã Henry trabalhou. -- Manuscript Releases 1:125. FD 103 3 Uma verdadeira missionária -- O ser inteiro da irmã Henry estava empenhado na obra da reforma, e sua influência foi um cheiro de vida para a vida. Sentiremos muita falta de seus labores pessoais. Ela deu o seu testemunho sem hesitar, mas judiciosamente. Quando convencida pela verdade, alegrou-se e, sem dar desculpas, foi ao banquete do evangelho, agradecida. Regozijou-se com o privilégio de receber a preciosa verdade, que torna a alma sábia para a salvação e, com gratidão a Deus por Seus ricos favores, sentiu-se sob a obrigação de partilhá-los com os outros. Assim como recebera de graça, de graça deu. Fielmente, testemunhou da verdade. E o fez não meramente como um dever, como o trabalho que lhe fora indicado, mas como um grande privilégio. Era seu prazer tornar Seus caminhos conhecidos na Terra, e Sua cura salvadora entre todos a quem sua influência podia alcançar. Foi uma verdadeira missionária, obreira evangélica e, no registro do Céu, o seu nome está escrito como colaboradora de Deus. Não sabemos quantas almas serão salvas mediante o seu precioso serviço ao lado de Cristo. A semente que ela semeou continuará a reproduzir-se, e revelará uma preciosa messe no dia da colheita. -- The Review and Herald, 3 de Abril de 1900. ------------------------Capítulo 11 -- "Ide a todo o mundo" FD 104 1 Hoje, a palavra "missionário" tem sido largamente substituída por "obreiro inter-divisão" e outras expressões semelhantes. O sentido e o espírito de "missionário" é usado para indicar aqueles que ensinam aos outros acerca de Jesus e Seu amor, quer se dirijam a um país estrangeiro, quer à sua própria comunidade. FD 104 2 Mulheres devem ser educadas para a atividade missionária -- Árduo é o trabalho a ser feito para desalojar da mente o erro e a falsa doutrina, para que a verdade e a religião bíblicas possam achar lugar no coração. Foi como um meio ordenado por Deus para educar jovens de ambos os sexos para os vários ramos da obra missionária, que se estabeleceram colégios entre nós. Não é o desígnio de Deus que eles enviem apenas uns poucos, mas muitos obreiros. Satanás, porém, decidido a impedir esse desígnio, tem-se apoderado exatamente daqueles a quem o Senhor havia de habilitar para lugares de utilidade em Sua obra. Muitos há que haveriam de trabalhar, se impelidos a entrar no serviço, e que se salvariam mediante esse trabalho. A igreja deve sentir sua grande responsabilidade quanto a encerrar a luz da verdade, e restringir a graça de Deus dentro de seu estreito âmbito, quando dinheiro e influência deveriam ser liberalmente empregados para enviar pessoas competentes às missões. -- Testimonies for the Church 5:390. FD 104 3 Mulheres de diferentes nacionalidades devem ser educadas -- Missões estão sendo estabelecidas; e se o poder convertedor da verdade chegar aos nossos jovens, nós os veremos entrando nas fileiras dos obreiros. Houvessem sido educados desde o início de sua experiência religiosa a serem fiéis à sua fé, fervorosos na piedade, e identificados com o anelo de Cristo pela salvação das pessoas, teríamos centenas de missionários onde hoje temos um. Em cada missão estabelecida, devemos ter uma escola para a educação de obreiros. Os melhores talentos alemães, franceses e escandinavos devem ser alistados na obra de educar moças e rapazes promissores dessas diferentes nacionalidades. Essa questão essencial tem sido grandemente negligenciada. Nos escritórios de Battle Creek, Basiléia e Cristiana [hoje Oslo], há uma premente necessidade de tradutores desses diferentes idiomas. [...] Necessitamos de uma centena de obreiros onde existe um. FD 105 1 Pesadas responsabilidades não devem repousar sobre um homem só, em nenhum ramo da obra. Dois ou três devem estar capacitados a partilhar o fardo, de modo que, se um for chamado a outro posto do dever, outro venha para ocupar seu lugar. Não se tomou nem metade das providências que deveriam ter sido tomadas para o caso de alguma emergência. Deve-se prover um fundo para educar para a obra missionária aqueles que se entregam sem reservas a Deus e Sua causa e que trabalhem não por grandes salários, mas pelo amor de Cristo, para salvar as almas por quem Ele morreu. -- The Review and Herald, 12 de Outubro de 1886. FD 105 2 Deve-se oferecer uma educação geral e ampla -- Como um povo que pretende ter maior luz, devemos imaginar maneiras e meios pelos quais produzir uma corporação de obreiros educados para os vários departamentos da obra de Deus. Necessitamos de uma quantidade de rapazes e moças bem disciplinada e culta em nossos hospitais, na obra médico-missionária, nos escritórios de publicação, nas Associações dos diferentes Estados, e no Campo em geral. Necessitamos de jovens que tenham uma elevada cultura intelectual a fim de que possam prestar melhor trabalho ao Senhor. Temos feito algo no sentido de alcançar essa norma, mas estamos ainda muito aquém do ponto em que deveríamos estar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 42, 43. FD 105 3 Mulheres devem trabalhar nas grandes cidades do mundo -- Londres tem-me sido apresentada, vez após vez, como um lugar no qual se deve realizar uma grande obra, e tenho procurado apresentar isso diante do nosso povo. Passei dois anos na Europa, andando pelo campo três vezes. A cada vez que fui, vi melhoramentos na obra e, da última vez, manifestou-se um decidido avanço. E um ardente desejo me encheu o coração, de ver esse grande campo, Londres especialmente, trabalhado como deveria ser. Por que não foram enviados obreiros para lá, homens e mulheres que podiam ter planejado o avanço da obra? Tenho-me indagado por que nosso povo -- aqueles que não são ministros ordenados mas têm ligação com Deus, que entendem as Escrituras -- não abre a Palavra de Deus aos outros. Caso se envolvessem nessa obra, grande bênção viria à sua própria alma. Deus deseja que Seu povo trabalhe. A cada homem -- e isso significa a cada mulher, também -- Ele deu a Sua obra, e essa obra deve cada um executar de acordo com suas várias aptidões. -- The General Conference Bulletin, 22 de Abril de 1901. A obra da colportagem FD 105 4 Colportagem, um nobre trabalho -- Vender nossa literatura é um trabalho missionário, e deve ser levado avante sob um ponto de vista missionário. Aqueles escolhidos como colportores devem ser homens e mulheres que sintam a responsabilidade do serviço, cujo objetivo não seja obter lucro, mas realizar a obra que precisa ser feita para iluminar o mundo. Todo o nosso trabalho deve ser feito para a glória de Deus, para dar a luz da verdade àqueles que se acham nas trevas. Princípios egoístas, amor ao lucro, à dignidade ou posição, não devem sequer se mencionados entre nós. -- (Australasian) Union Conference Record, 1 de Maio de 1901. FD 106 1 Colocar nossa literatura perante o público -- Se há um trabalho mais importante do que outro, é o de colocar nossas publicações perante o público, levando-o assim a examinar as Escrituras. A obra missionária -- introduzir nossas publicações nas famílias, conversar e orar com e por elas -- é uma boa obra, e que educará homens e mulheres para fazerem trabalho pastoral. -- Testimonies for the Church 4:390. Obra especial em favor dos idosos e negligenciados FD 106 2 A cerca de dois quilômetros e meio do Sanatório [Hinsdale], vimos o lar dos soldados, onde moram centenas de veteranos e suas esposas. Uma obra missionária especial deve ser efetuada nessa casa. Que homens que temem ao Senhor busquem remir o tempo e assumam uma obra que tem sido negligenciada, em favor desses idosos. Cristo comprou a salvação deles com o preço de Seu sangue. Para esse campo, sejam escolhidos homens e mulheres discretos, que não falhem nem desanimem. E que ninguém lhes menospreze os esforços, pois o Senhor estará com aqueles que por Ele trabalham com abnegação e sacrifício. Esse trabalho é tão importante quanto a obra em países estrangeiros. -- Manuscript Releases 4:377. O verdadeiro espírito missionário é essencial FD 106 3 A família Steward, aparentemente, deixou a igreja por algum tempo, mas foi "resgatada". Mary Steward tornou-se uma eficiente e apreciada revisora de provas e editora na Review and Herald. Depois que Ellen White retornou da Austrália, Mary trabalhou por vários anos como uma de suas assistentes. Ela aponta muitos defeitos de caráter que impediriam Mary de tornar-se missionária. Talvez tenha sido esta carta, escrita em 1891, que ajudou Mary Steward a andar com Jesus mais de perto. Querida irmã Mary Steward: FD 106 4 Enquanto venho orando fervorosamente ao Senhor para compreender o meu dever a respeito de ir para a Austrália, e acerca de quem devemos levar conosco, o Senhor me fez saber claramente que você não é a pessoa certa para ser aquele auxílio de que preciso no trabalho que Ele me deu para fazer. Você não consegue entrar no espírito da obra num campo missionário novo e não trabalhado. As palavras se repetiram: "As coisas espirituais se discernem espiritualmente". 1 Coríntios 2:14. Será provado e testado o caráter de todos os que são trazidos à luz que o Senhor comunica ao Seu povo. Se não há uma expansão e um desenvolvimento, e um aumento de fé e santidade consistente com a luz que lhes brilha no caminho [...] haverá uma cegueira que não discernirá as coisas profundas de Deus. Com aqueles que apreciam a luz que Deus tem dado, haverá frescor, poder e crescimento na graça, e a luz será difundida aos outros. FD 107 1 Existe a necessidade de um espírito missionário, abnegado, disposto ao sacrifício, entre todos os que se relacionam com a obra que Deus me deu para fazer; caso contrário, minha influência não será aquela que Deus designou que seja. E, a menos que você avance no conhecimento e no amor de Deus, não poderá conservar nem sequer a luz que agora tem. Se a luz não brilhar mais e mais, enfraquecerá e se apagará nas trevas. Toda obra será mesclada e manchada com o eu. Deus não a aceitará. É impossível que eu, ou qualquer pessoa ligada a mim, seja um canal de luz e assuma os deveres e responsabilidades que esta obra envolve, a menos que esteja crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Todos os que estão ligados a mim e à solene obra que Deus me deu, devem representar o caráter dessa obra. [Devem] ser um exemplo para os outros em humildade e no caráter semelhante ao de Cristo, na fidelidade, na disposição de tomar a cruz, na ação pronta e vigorosa, na lealdade inabalável à santificadora influência da verdade, bem como em sacrifícios e labores para abençoar a outros. Para realizar isso, deve haver uma experiência cristã sempre crescente. A fé precisa ser forte; a consagração, completa; a simpatia, a ternura e o amor devem permear a vida. Devem ser pacientes na tribulação e semelhantes a Cristo na conversação, e mesmo os pensamentos [devem ser] levados cativos a Jesus Cristo. FD 107 2 Você tem diante de si uma experiência a obter. Não pode permanecer centralizada em si mesma e preparar-se para qualquer obra ou responsabilidade, seja difícil ou perigosa, que esteja em harmonia com Cristo. Você deve ter em vista exclusivamente a glória de Deus, e então o seu crescimento surgirá diante de todos. Precisa empregar todos os recursos da graça, para que seu amor a Deus, e a todos com quem se relacionar, seja puro e semelhante ao de Cristo. Então você aprovará as coisas que são excelentes e estará repleta dos frutos da justiça por meio de Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus. Sua vida cristã deve assumir um molde diferente, ou então você nunca verá o reino do Céu. FD 107 3 Há muitos na igreja, representados diante de mim, que parecem estar-se afogando, numa luta desesperada por manter a cabeça fora da água. Na sua vida religiosa, nunca morreram para o eu. O eu é o seu ídolo; prestam culto diante do seu relicário. A debilidade e uma experiência flutuante abrem caminho para as tentações de Satanás, e serão facilmente vencidos. Um serviço fiel ao Senhor renovará suas forças. Virão provas à fé, mas o amor, a paciência e a constância serão pesadas nas douradas balanças do santuário celestial. FD 108 1 Você deve aprender, na escola de Cristo, a mansidão e humildade de coração, e ser treinada, disciplinada e educada para a utilidade e a imortalidade. Que estas palavras tenham o devido efeito sobre sua mente. Tenho interesse em você. Que nada atraia, entretenha ou distraia sua mente do trabalho diante de si. É pelo seu interesse presente e eterno que deverá cuidar para que este estado de coisas não continue. Que não se diga de você, no futuro, o que se disse dos cristãos hebreus: "Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido". Hebreus 5:12. Você precisa de boa religião doméstica. Traga à sua vida doméstica toda a suavidade e o brilho do sol, em cada palavra, em cada ação. Use diligentemente todos os dons do Céu na preciosa luz dada por Deus, e ponha essa luz em ação. Então o Senhor revelará mais amplamente a Sua misericórdia e bondade. Alcance na Terra um destino digno do Céu. -- Carta 26a, 1891. Os missionários devem ser dedicados ao trabalho FD 108 2 A carta seguinte foi escrita ao pastor e Sra. I. J. Van Horn, que haviam ido para Oregon como missionários. Adelia Patton morou no lar dos White por vários anos, antes de casar-se com Isaac Van Horn, e era como uma filha para eles. O pastor Van Horn e a Sra. White tinham altas expectativas e esperanças de que, trabalhando junto, o casal Van Horn formasse uma poderosa dupla missionária. Suas esperanças duraram pouco. Meus queridos filhos: FD 108 3 É com pesar que lhes escrevo. Quando foram para o campo de labor, em Oregon, a idéia era que sua esposa e você trabalhariam no interesse da causa de Deus. Essa, foi-me mostrado, era a vontade de Deus a seu respeito. FD 108 4 Mas vocês mudaram essa ordem de coisas por iniciativa própria. Deus não a ordenou assim. Tivessem ambos dedicado suas faculdades, a capacidade que Deus lhes deu, para fazer a obra com vistas exclusivamente à Sua glória, teriam feito somente aquilo que era seu dever realizar. A importância do labor dedicado nesta causa e na obra de Deus devia ser entendida sempre em sentido mais elevado do que o é. Se isso fosse sentido na época, ter-se-ia manifestado um espírito de sacrifício. O amor e a compaixão pelas almas por quem Cristo morreu afastariam os pensamentos dos planos e desejos egoístas. FD 109 1 O amor por Aquele que morreu pelo homem exercerá um poder impelente sobre nossa imaginação, nossos propósitos e todos os nossos planos. Não planejaremos para o nosso prazer, para gratificar nossos desejos, mas nos colocaremos sobre o divino altar como um sacrifício voluntário, para que o Senhor nos use para a Sua glória. A mente de Cristo deve estar em nós, controlando cada pensamento, cada propósito de nossa vida. Essa é a atitude com a qual deveríamos manter sempre nossa alma diante de Deus. Isso nós faremos, se entendermos o valor das pessoas e se a verdade, como ela é em Jesus, for gravada no coração. Essa obra lhes foi dada -- para serem missionários de Deus. FD 109 2 Satanás traça seus planos para derrotar o propósito de Deus. Ele os ajuda a planejar para si mesmos, e sabe que esse plano será bem-sucedido em cercar a ambos com dificuldades, não só roubando de Deus os labores de Adélia, mas em grande parte dos do irmão Van Horn também. O cuidado das crianças preocupará tanto a mente, que Cristo e Sua obra serão negligenciados. A mais forte afeição terrestre seria despertada, a da mãe para com seus filhos, o que tornaria totalmente secundária a obra de Deus, e assim Satanás obstruiria o caminho da utilidade que o Senhor lhes indicou. FD 109 3 Como seria bom se ambos pudessem ver que a verdade, a verdade de Deus, a obra da salvação, é algo mais forte, mais profundo e mais impelente do que mesmo o amor da mãe para com seus filhos! Nenhum traço de egoísmo deve introduzir-se para prejudicar a obra de Deus. A abnegação pode ser aflitiva para a carne, mas a melhor parte, a religião, deve assumir o comando. A verdade e o amor de Cristo devem ocupar a cidadela da alma. Ali é Deus entronizado, a consciência obedecida, e Deus lhes teria dado um lugar em Sua morada, melhor do que filhos e filhas. FD 109 4 Deus deu a Adélia talentos superiores. Exercidos na obra da conquista de almas para Jesus, teriam sido plenamente exitosos. A maneira acessível, suave, elevada de ensinar teria trazido muitos filhos e filhas para Jesus Cristo. A luz resplandeceria do trono de Deus para a mente dela e se refletiria sobre outros. FD 109 5 Mas o inimigo ocupou o espaço e suas sugestões foram seguidas. Vocês entraram numa área que Deus não podia aprovar e não aprovou. O inimigo concebeu um plano para atingir a ambos e bloquear-lhes o caminho. Adélia era uma pessoa tímida, sentia profundamente a dor, desanimava com facilidade. Aquela imaginação que, se fosse dedicada e exercida em relação com a verdade, teria sido um poder em favor de Deus, devia agora ser usada como empecilho, facilmente excitada numa direção errada para ter maus pressentimentos, para ver as coisas sob uma luz distorcida, para sentir que há perigo onde não existe nenhum, para desconfiar de Deus, para desconfiar de seu esposo. FD 110 1 Ela teve idéias próprias sobre como lidar com seu caso. Não aceitaria ninguém, a não ser seu esposo. Havia pouca fé e pouca confiança em Deus. Satanás pôde controlar seus sentimentos, fazendo com que fosse necessário que seu esposo estivesse com ela, e com que ela se sentisse melindrada, caso ele não estivesse sempre presente para socorrê-la. A imaginação fez com que leves sofrimentos parecessem, por vezes, muito pesados e agudos. A mente de ambos se preocupava com suas novas experiências. A obra na Associação foi lastimavelmente negligenciada. O labor ministerial era pouco, após o esforço no púlpito. Em certas ocasiões, havia mais negligência do que em outras, e Satanás tinha as coisas muito do seu jeito. Nenhum dos dois tem o senso de sua negligência quanto ao dever. O próprio tempo durante o qual estiveram tão preocupados com os seus apuros, que trouxeram sobre si mesmos, era o tempo durante o qual o tipo certo de labor teria trazido uma importante colheita para Jesus Cristo. FD 110 2 Na realidade não é prudente ter filhos agora. O tempo é curto, os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e as criancinhas, em grande parte, serão levadas antes disso. Se homens e mulheres em condições de trabalhar para Deus considerassem que, enquanto se agradam a si mesmos, tendo criancinhas e cuidando delas, poderiam trabalhar, ensinando o caminho da salvação às multidões e trazendo muitos filhos e filhas para Cristo, grande seria o seu galardão no reino de Deus. FD 110 3 Adélia, meu coração se condói porque você fracassou, porque você roubou a Deus. Você é naturalmente medrosa, criando problemas. Não teria descanso ou paz de espírito separada de seus filhos; e a disposição ansiosa que você tem fecha a porta para o trabalho. E isso não é tudo: o trabalho é grandemente negligenciado. -- Carta 48, 1876. ------------------------Capítulo 12 -- Respeito próprio Amar os outros, amar a si mesmo FD 111 1 Muitas mulheres lutam com sentimentos de auto-estima e valor aos olhos de Deus. Como em outras partes deste livro, as passagens usadas podem não ter sido escritas especificamente para as mulheres, mas aplicam-se a elas em sua busca de uma compreensão sobre como Deus as vê na qualidade de Sua criação e como devem ver a si mesmas e aos demais. FD 111 2 Desenvolver o respeito próprio -- Se desejamos fazer bem às pessoas, nosso êxito neste sentido será proporcional à sua confiança no interesse e na estima que lhes dispensamos. O respeito manifestado ao ser humano que luta é o seguro meio através de Cristo Jesus para restauração do respeito próprio perdido pelo homem. Nossas idéias antecipadas do que ele poderá tornar-se são um auxílio que não podemos apreciar completamente. -- Fundamentos da Educação Cristã, 281. FD 111 3 Devemos nos respeitar -- O Senhor deu a cada um de nós o senso do respeito próprio, e não se deve contrariá-lo frontalmente. Deus deseja que nos respeitemos. Em nossas famílias e na igreja, procuramos com demasiada freqüência destruir o respeito próprio. Não o façamos. Não o façamos em nossas escolas. Nem em nossos escritórios. O Senhor diz que cada uma dessas instituições deve ter caráter educativo. Os alunos e obreiros seguirão o exemplo dado por aqueles que são responsáveis por eles. O professor deve ser um padrão para o aprendiz. Se quiser que os jovens o respeitem, deve respeitá-los. -- The General Conference Bulletin, 25 de Abril de 1901. FD 111 4 Desmerecer-nos não agrada a Deus -- É privilégio de cada um viver de tal maneira que Deus o aprove e abençoe. Podemos estar a cada hora em comunhão com o Céu; não é vontade de nosso Pai celestial que jamais nos encontremos sob condenação e trevas. Não agrada a Deus que nos desmereçamos. Devemos cultivar o respeito próprio vivendo de modo que tenhamos a aprovação de nossa consciência, e dos homens e dos anjos. Nossa Alta Vocação, 141. Não é a prova de verdadeira humildade andar de cabeça baixa, e o coração cheio de pensamentos em torno do próprio eu. Cabe-nos o privilégio de ir ter com Jesus e ser purificados, e estar perante a lei sem acanhamento nem remorso. "Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito". Romanos 8:1. Ao passo que não nos compete pensar mais de nós do que devemos, a Palavra de Deus não condena o devido respeito por si mesmo. Como filhos e filhas de Deus, cumpre-nos ter consciente dignidade de caráter, na qual não tem parte o orgulho nem a altivez. -- Para Conhecê-lo, 140. FD 112 1 Conselho a alguém que perdeu o respeito próprio -- Jesus a ama, e me deu uma mensagem para você. Seu magnânimo coração de infinita bondade anela por você. Ele lhe envia a mensagem de que é possível recuperar-se dos ardis do inimigo. Pode-se conquistar novamente o respeito próprio. Você pode estar onde se considere não uma fracassada, mas uma vencedora, sob a influência enaltecedora do Espírito de Deus, e por meio dela. Apodere-se da mão de Cristo, e não a deixe escapar. -- Medicina e Salvação, 43. FD 112 2 Palavras amargas resultam em perda do respeito próprio -- Que dano é produzido no círculo familiar por se proferirem palavras impacientes! Pois as frases assim ditas por um, levam outro a retribuir no mesmo espírito e maneira. Sobrevêm então palavras de desforra, de justificação própria, e é por tais palavras que um pesado e mortificante jugo é forjado para o pescoço; pois todas essas palavras amargas volverão em funesta colheita. Os que condescendem com tal linguagem hão de experimentar vergonha, perda do respeito próprio e da confiança em si, e terão amargo remorso e desgosto por se haverem permitido perder o domínio e falar dessa maneira. Quão melhor seria se nunca se proferissem palavras dessa natureza! Quanto melhor havia de ser o possuir o óleo da graça no coração, ser capaz de passar por toda provocação e suportar todas as coisas com mansidão e paciência cristãs. -- Mensagens aos Jovens, 327. FD 112 3 Respeito próprio, humildade e eficiência na obra de Deus -- Ao fazer o trabalho de Deus você será colocado numa variedade de circunstâncias que requererão presença de espírito e domínio próprio, mas que o qualificarão a adaptar-se às circunstâncias e peculiaridades da situação. Então pode agir desembaraçadamente. Você não deve subestimar sua habilidade de fazer sua parte nas várias exigências da vida prática. Onde está consciente de deficiências, trabalhe imediatamente para remediar estes defeitos. Não espere que outros vão suprir suas deficiências, enquanto você prossegue indiferentemente, como se fosse natural que sua disposição peculiar precisasse ficar sempre assim. Aplique-se seriamente para sanar estes defeitos, para que seja perfeito em Cristo Jesus, "sem faltar em coisa alguma". Tiago 1:4. -- Testimonies for the Church 3:505, 506. FD 113 1 Respeitar e amar uns aos outros -- Enquanto deixarmos predominar na lembrança os atos desagradáveis e injustos de outros, nos parecerá impossível amá-los como Cristo nos ama. Se, porém, nossos pensamentos se fixarem no extraordinário amor e piedade de Cristo para conosco, esse mesmo espírito irradiará de nós para os nossos semelhantes. Cumpre-nos amar e respeitar uns aos outros, apesar das faltas e imperfeições que não podemos deixar de notar neles. Necessitamos cultivar a humildade e a desconfiança de nós mesmos, bem como paciente benevolência para com as faltas do próximo. Isso destruirá em nós todo o mesquinho egoísmo, tornando-nos magnânimos e generosos. -- Conflict and Courage, 121. FD 113 2 Os cristãos têm o positivo dever de cultivar respeito por si próprios -- Deve ser o fixo propósito de todo jovem, ter alvo elevado, em todos os seus planos para o trabalho vitalício. Adote para seu governo, em todas as coisas, a norma apresentada pela Palavra de Deus. É esse o positivo dever do cristão, e deve ser também seu positivo prazer. Cultive respeito por si mesmo, porque você é uma adquirida propriedade de Cristo. O êxito na formação de hábitos corretos, o progresso naquilo que é nobre e justo, lhe dará uma influência a que todos saberão dar valor. Viva para algo além de si mesma. Se seus motivos forem puros e altruístas, se estiver sempre em busca de um trabalho que alguém tem que fazer, se estiver sempre alerta para demonstrar bondosas atenções e praticar atos corteses, estará inconscientemente erguendo seu próprio monumento. Essa é a obra para fazer a qual Deus convida todas as crianças e jovens. Mente, Caráter e Personalidade 1:366. Faça o bem, se quiser ser lembrada com carinho pelos outros. Viva para ser uma bênção a todos com quem entrar em contato, onde quer que tenha de estar. Que as crianças e os jovens se despertem para as suas oportunidades. Mediante a bondade e o amor, mediante atos altruístas, escrevam eles os seus nomes no coração daqueles com quem se associam. -- The Youth's Instructor, 7 de Fevereiro de 1901. FD 113 3 É dever de todos respeitar a si próprios -- Devemos ter um ensino melhor e mais profundo que aquele que o homem nos pode dar. Deve haver em nós uma profunda convicção de que as formalidades e cerimônias são nada, sem Cristo. Ele é o Alfa e o Ômega. A verdade é a única armadura para nos proteger. Nossas convicções precisam ser diariamente reforçadas pela oração humilde e sincera e a leitura da Palavra. Embora cada um de nós tenha uma individualidade, embora cada um deva defender firmemente suas convicções, devemos defendê-las como a verdade de Deus e na força que Deus nos concede. Se não o fizermos, serão arrancadas de nossas mãos. FD 113 4 Devemos confiar em nós mesmos. É dever de cada um respeitar a si próprio, mas devemos lembrar que somos propriedade de Deus, que somos comprados por um preço -- corpo, alma e espírito. Devemos guardar a máquina viva e conservá-la na melhor condição, para que glorifiquemos a Deus. Ela deve ser diariamente lubrificada por Sua graça, para operar ao Seu toque, sem fricção. Ter confiança própria, vangloriar-se como se nos tivéssemos criado e redimido a nós próprios, é desonrar a Deus. A sabedoria humana, separada de Deus, revelar-se-á loucura, e trará confusão e perplexidade. Precisamos revestir-nos da armadura completa de Deus. A santa influência da amorável proteção de nosso Salvador é nossa defesa segura. Não há senão Um que pode revelar-Se uma salvaguarda contra as maquinações de Satanás. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 1626. FD 114 1 Respeite-se, pois você foi comprada por preço -- Esse sentimento de culpa tem de ser deposto ao pé da cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: Depõe tudo sobre Mim. Eu levarei seu pecado. Dar-lhe-ei a paz. Não destrua por mais tempo seu respeito próprio, pois Eu a comprei com o preço do Meu próprio sangue. Você é Minha, sua vontade enfraquecida Eu fortalecerei; seu remorso pelo pecado Eu removerei. -- Mente, Caráter e Personalidade 2:451. Uma carta animadora FD 114 2 Escrita para Martha Bourdeau, uma senhora afligida por sentimentos de insegurança, desânimo, indignidade e desalento.* Querida irmã Martha: FD 114 3 Viemos para cá [Tramelan, Suíça] na sexta-feira passada, e o Senhor me deu algumas preciosas provas do Seu amor. Falei com muita liberdade aos nossos irmãos e irmãs, com base em Malaquias 4:6. O Senhor falou aos corações. Abel Guenin, que tem estado desanimado há longo tempo e não participava das reuniões, entregou-se e confessou seu erro, sua indiferença e seus desalentos. Disse que não mais permaneceria no lugar onde estivera até então. Procuraria harmonizar-se com a igreja e cumprir seu dever no temor de Deus. Lágrimas lhe corriam pela face enquanto falava. Sua mãe, [que] simplesmente não participa da igreja e nutre muito preconceito contra qualquer pessoa que venha dos Estados Unidos, falou pela primeira vez. Deu um bom testemunho. FD 114 4 Um jovem, padeiro empregado por Oscar Roth, fez uma humilde confissão. O Espírito do Senhor estava, realmente, em nosso encontro. Ali havia um suave poder enternecedor. Após a reunião, oramos na casa do irmão Roth pelo filho do irmão Guenin. Orei, enquanto o Irmão John Vuilleumier servia de intérprete. Fez-se presente a bênção do Senhor, e o jovem, com lágrimas correndo pela face, apertou as mãos de suas irmãs e confessou seus erros. Foi, verdadeiramente, uma preciosa reunião. [...] FD 114 5 Meu pensamento está em você, Martha, em Torre Pellice [Itália], e creio que, junto com seu esposo, você deve assistir à reunião da Associação. Queremos ir vê-la, e queremos vê-la confiando plenamente no amado Salvador. Ele a ama, pois deu a vida por você porque dá valor a sua alma. Tive um sonho, não faz muito. Achava-me num jardim e você estava a meu lado. Dizia: "Veja este arbusto feio, aquela árvore deformada, aquela pobre roseira raquítica. Isto me desagrada, pois parece que representam minha vida e a relação em que me acho para com Deus." Pareceu-me que um vulto distinto andava a minha frente, e disse: "Apanhe as rosas, os lírios e os cravos e deixe os cardos e feios arbustos, e não machuque a alma que Cristo tem em Sua amorosa guarda." FD 115 1 Despertei; adormeci de novo e repetiu-se o mesmo sonho. Acordei e adormeci, e pela terceira vez ocorreu o sonho. Ora, quero que considere isso e afaste de você a desconfiança, tristeza e temores. Desvie de si os olhos e dirija-os a Jesus, desvie-os do esposo e olhe para Jesus. Deus lhe falou palavras de animação. Apanhe-as, proceda de acordo com elas, ande pela fé e não pela vista. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem". Hebreus 11:1. FD 115 2 Jesus mantém a mão sob você. Jesus não permitirá que o inimigo a vença. Jesus lhe dará a vitória. Ele tem a virtude; Ele tem a justiça. Você pode olhar para si mesmo para encontrar essas virtudes e até poderá lhe sobrevir o desespero ao fazer isso. Mas Jesus as possui. Elas são suas pela fé, porque você ama a Deus e guarda os Seus mandamentos. FD 115 3 Não dê ouvido às mentiras de Satanás, mas conte de novo as bênçãos. Colha as rosas, os lírios e cravos. Fale das promessas de Deus. Fale acerca da fé. Confie em Deus, pois é Ele sua única esperança. Ele é minha única esperança. Eu tenho tremendas lutas com as tentações de Satanás para me desanimar, mas não cedo um centímetro. Não darei a Satanás nenhuma vantagem sobre meu corpo ou minha mente. FD 115 4 Se olhar para si mesma, só verá fraquezas. Não há aí nenhum Salvador. Encontrará fora de si mesma a Jesus. Terá de olhar para Ele e viver, olhar para Ele que Se nos tornou pecado para que pudéssemos ser limpos do pecado e receber a justiça de Cristo. FD 115 5 Ora, Martha, não olhe para si mesma, mas olhe fora de si, para Jesus. Fale de Seu amor, de Sua bondade, de Seu poder; pois Ele não a deixará ser tentada acima do que é capaz de suportar. Em Cristo está nossa justiça. Jesus supre nossas deficiências porque vê que nós não podemos fazer isso. Enquanto oro por você, vejo uma delicada luz envolvendo a mão estendida para salvá-la. As palavras de Deus são nossa credencial. Nós nos firmamos sobre elas. Amamos a verdade. Amamos a Jesus. Os sentimentos não são prova do desprazer de Deus. FD 115 6 Sua vida é preciosa à vista de Deus. Ele tem uma obra para você realizar. Isso não lhe é revelado agora, mas simplesmente vá em frente, confiante, sem proferir nenhuma palavra, pois isso entristeceria ao amado Jesus, mostrando seu temor de confiar nEle. Coloque sua mão na dEle. Ele a está estendendo através dos limites do Céu, para que sua mão possa ser deposta confiantemente na dEle. Que amor, que terno amor Jesus tem manifestado em nosso favor! As promessas da Bíblia são os cravos, as rosas e os lírios do jardim do Senhor. FD 116 1 Oh, quantas andam em caminho escuro, olhando para as coisas objetáveis, pouco atraentes de cada lado, quando um passo acima estão as flores! Elas acham que não têm direito de dizer que são filhas de Deus e de lançar mão das promessas destacadas no evangelho, porque não têm a prova de sua aceitação por parte de Deus. Sofrem lutas penosas, afligindo o coração como fez Martinho Lutero para lançar-se sobre a justiça de Cristo. FD 116 2 Muitas pensam que só podem ir a Jesus da maneira em que o fez o jovem possesso do demônio que o lançou por terra e o convulsionou ao ser levado ao Salvador. Você não está entre as pessoas que tiveram quaisquer desses conflitos e provas. Richard Baxter ficou preocupado porque não tinha essa torturante e humilhante visão de si mesmo como pensava que devia ter. Mas afinal, isso lhe foi explicado satisfatoriamente, e veio-lhe a paz ao coração. FD 116 3 Não há a exigência de se impor um fardo, pois você é propriedade de Cristo. Ele a tem em Suas mãos. Seus braços eternos a envolvem. Sua vida não foi uma vida de pecado, na acepção mais forte desse termo. Você tem um consciencioso temor de proceder mal, tem no coração o princípio de escolher o certo, e agora deve volver a face, dos cardos e espinhos para as flores. FD 116 4 Deixe que se fixem os olhos no Sol da justiça. Não faça de seu amado e amoroso Pai celestial um tirano, mas veja Sua ternura, Sua piedade, Seu imenso amor, e Sua grande compaixão. Seu amor excede ao de uma mãe para seu filho. A mãe pode esquecer, "Eu, todavia, Me não esquecerei de ti" (Isaías 49:15), diz o Senhor. Jesus quer que você confie nEle. Que Sua bênção repouse sobre você em rica medida, é minha fervorosa oração. FD 116 5 Quem nasceu com uma herança de desencorajamento precisa estar constantemente a alimentar um esperançoso estado de sentimentos. Você recebeu, tanto do pai como da mãe, uma peculiar consciência, e também herdou da mãe uma disposição de desmerecer o próprio eu, e não exaltá-lo. Uma palavra basta para comovê-la, ao passo que só uma pesada crítica é suficiente para comover outro, de temperamento diverso. Se estivesse situada onde soubesse que estava ajudando a outros, por árdua que fosse a carga, por cansativo que fosse o trabalho, você faria tudo alegremente, aborrecendo-se por não fazer nada. FD 116 6 Samuel, que serviu ao Senhor desde a infância, necessitou de uma disciplina muito diferente de alguém que tivesse uma vontade estabelecida, obstinada, egoísta. Sua infância, Martha, não foi marcada pela descortesia, embora houvesse nela os erros da humanidade. Esse caso foi completamente aberto diante de mim. Eu a conheço muito melhor do que você se conhece. Deus a ajudará a triunfar sobre Satanás, se simplesmente confiar em que Jesus trave essas severas batalhas que você se demonstra completamente incapaz de travar em suas forças finitas. FD 117 1 Ame a Jesus, pois Ele a ama. Ore e confie pacientemente nEle, repetindo sempre e sempre: Senhor, sou Tua! De todo o coração, apegue-se a Cristo. Não é a alegria a prova de seu cristianismo. Sua prova está num "Assim diz o Senhor". Pela fé, minha querida irmã, eu a deponho nos braços de Jesus Cristo. FD 117 2 Leia os versos seguintes e aproprie-se dos sentimentos neles expressos como sendo os seus: FD 117 3 "Só em Ti eu tenho abrigo, Aos Teus pés está o meu ser; Não me deixes, sê comigo, Teu conforto eu quero ter. Só confio em Ti, Senhor; Meu auxílio de Ti vem; Tu dissipas o temor, E o Teu braço me sustém. Tua graça inesgotável FD 117 4 Pode me lavar do mal; Teu amor incomparável Puro e bom faz-me, afinal. Fonte eterna, meu Jesus, Manancial de todo o bem, Com ternura me conduz, Ao eterno lar. Amém". Mente, Caráter e Personalidade 2:807-810, (HASD, n 380). FD 117 5 Fiz duas cópias do anexo, uma para lhe enviar; mas ela saiu muito apagada, achei, para ser lida; assim, deixei-a de lado e não a enviei para o Ano Novo, como pretendia. Acho que pode lê-la segurando-a contra a luz. -- Carta 35, 1887. ------------------------Capítulo 13 -- A influência da mulher cristã FD 118 1 [Você] pode ter atitude dignificada sem vã autoconfiança; pode condescender e contemporizar sem sacrificar o respeito próprio ou a independência pessoal, e sua vida pode ser de grande influência junto aos de classe alta como os de condição social humilde. -- Testimonies for the Church 3:506. FD 118 2 A maravilhosa missão da mulher -- Os adventistas do sétimo dia não devem, de forma alguma, amesquinhar a obra da mulher. -- Obreiros Evangélicos, 453. FD 118 3 Maravilhosa é a missão das esposas, das mães e das obreiras mais jovens. Elas poderão, se quiserem, exercer influência para o bem ou para o mal, em torno de si. Pela modéstia no vestir e equilibrado comportamento, podem dar testemunho da verdade em sua simplicidade. Podem deixar que sua luz brilhe diante de todos para que vejam suas boas obras e glorifiquem ao seu Pai que está no Céu. Uma mulher verdadeiramente convertida exercerá poderosa influência transformadora para o bem. Associada ao marido, ela pode ajudá-lo em seu trabalho e tornar-se um meio de encorajamento e bênção para ele. Quando a vontade e a conduta são levadas em sujeição ao Espírito de Deus, não há limite para o bem que pode ser realizado. -- Beneficência Social, 157. FD 118 4 Evitar a aparência do mal -- Existem aqueles que não sentem ser um dever religioso disciplinar a mente para demorar-se sobre assuntos alegres, que reflitam luz, em vez de trevas e penumbra. Essa classe de mentes estará envolvida em buscar seu próprio prazer, em frívola conversação, rindo e gracejando, conservando a mente sempre alvoroçada com uma sucessão de diversões; ou então estará deprimida, tendo grandes provas e conflitos mentais que, julgam eles, poucos experimentaram ou entendem. Essas pessoas podem professar o cristianismo, todavia enganam a própria alma. Não possuem o artigo genuíno. A religião de Jesus Cristo é primeiramente pura, depois pacífica, cheia de justiça e bons frutos. Muitos caíram no triste erro tão predominante nesta era degenerada, especialmente entre as mulheres. Gostam demais do outro sexo. Apreciam-lhe a companhia. Suas atenções lhes são lisonjeiras, e encorajam, ou permitem, uma familiaridade que nem sempre se harmoniza com a exortação do apóstolo: "Abstende-vos de toda aparência do mal". 1 Tessalonicenses 5:22. -- The Review and Herald, 12 de Março de 1872. FD 119 1 Não há tempo para impulsos corruptos -- Nosso tempo de graça é curto. Não temos tempo a perder com condescendentes impulsos corruptores. A familiaridade de homens casados com mulheres casadas e com moças causa repugnância à vista de Deus e dos santos anjos. A audácia de moças em se colocarem em companhia de moços, demorando-se à volta deles enquanto estão no trabalho, entabulando conversação com eles, falando de modo comum e ocioso, avilta a feminilidade. Rebaixa-as, mesmo na avaliação daqueles que também praticam as mesmas coisas. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 245. FD 119 2 Devido uso dos talentos -- Não temos todos a mesma tarefa. Há atividades distintas e individuais para cada um realizar; contudo pode haver entre esses variados deveres uma bela harmonia, unindo a obra de todos em perfeita utilidade. Nosso Pai celestial não exige de ninguém a quem haja dado apenas um talento, o mesmo resultado daquele que recebeu cinco. Mas se esse um for sabiamente usado, o seu possuidor logo terá conseguido mais, e pode continuamente ampliar sua capacidade de influência e sua esfera de serviço por fazer o melhor uso dos talentos que Deus lhe deu. Sua individualidade pode ser distintamente preservada e, contudo, ser parte do grande todo na propagação da obra de reforma tão grandemente necessitada. FD 119 3 A mulher, se aproveita sabiamente seu tempo e suas faculdades, buscando de Deus sabedoria e força, pode estar em igualdade com o marido como conselheira, orientadora, companheira e coobreira, e nem por isso perder qualquer de suas graças ou modéstia femininas. Ela pode elevar seu próprio caráter, e ao fazê-lo está elevando e enobrecendo o caráter de sua família e exercendo sobre outros ao seu redor influência poderosa, conquanto inconsciente. -- Beneficência Social, 159, 160. FD 119 4 Atingindo a plenitude do potencial -- Por que não há de a mulher cultivar o intelecto? Por que não há de responder ao propósito de Deus em sua vida? Por que não compreender as próprias faculdades, e sentir que elas são dadas por Deus, procurando fazer uso delas da mais ampla maneira, fazendo o bem aos outros, promovendo o progresso da obra de reforma, da verdade e da verdadeira piedade no mundo? Satanás sabe que as mulheres têm um poder de influência para o bem ou para o mal; por isso procura alistá-las na sua causa. [...] FD 119 5 Irmãs e mães, nós temos um alvo mais elevado, uma tarefa mais nobre, do que descobrir a última moda e confeccionar vestidos com desnecessários adornos a fim de agradar às exigências deste moderno Moloque. Podemos tornar-nos suas escravas e sacrificar sobre seu altar nossa felicidade e a felicidade presente e futura de nossos filhos. Mas, o que ganhamos no final? Semeando na carne, ceifaremos corrupção. Nossas obras não podem resistir à inspeção de Deus. Veremos no final quantas pessoas poderiam ter sido abençoadas e redimidas das trevas e do erro por nossa influência, mas em vez disso foram encorajadas ao exibicionismo exterior e ao orgulho, negligenciando o adorno interior. -- Beneficência Social, 161. FD 120 1 Tomar parte na finalização da obra -- Nossas irmãs, as jovens, as de meia-idade e as avançadas em anos, podem desempenhar uma parte na finalização da obra para este tempo; e, em assim procedendo, quando surgir a oportunidade, alcançarão uma experiência do mais alto valor para si mesmas. Esquecendo de si crescerão na graça. Pela educação da mente nessa direção aprenderão como levar cargas por Jesus. -- Beneficência Social, 157. FD 120 2 Influência transformadora -- Grande é o trabalho e a missão das mulheres, especialmente daquelas que são esposas e mães. Podem ser uma bênção a todos os que as cercam e exercer poderosa influência para o bem, se deixarem sua luz brilhar de tal modo que conduzam outros a glorificar nosso Pai celestial. As mulheres podem exercer influência transformadora se tão-somente consentirem em sujeitar seus caminhos e vontade a Deus e permitir que Ele lhes controle a mente, afeições e todo o ser. Elas podem exercer uma influência que contribuirá para beneficiar e elevar aqueles com os quais se associarem. Mas tal classe de pessoas, geralmente, não tem consciência do poder que possui. Exercem influência inconsciente que parece brotar naturalmente de uma vida santificada, um coração renovado. É o fruto que cresce espontâneo da boa árvore de cultura divina. O eu é esquecido, imerso na vida de Cristo. Ser rico em boas obras é tão natural como respirar. Elas vivem para fazer o bem aos outros e ainda estão prontas a dizer: Somos servas inúteis. -- Testimonies for the Church 2:465. Influência do vestuário da mulher cristã FD 120 3 Beleza interior mais desejável que exibição exterior -- Deus Se agradaria de ver nossas irmãs trajadas com roupas simples e de bom gosto, e diligentemente empenhadas na obra do Senhor. Não lhes falta habilidade e, caso empregassem na devida maneira os talentos que já possuem, sua eficiência seria grandemente aumentada. Se o tempo que agora empregam em trabalho desnecessário fosse dedicado a pesquisar a Palavra de Deus e a explicá-la aos outros, sua mente seria enriquecida com as gemas da verdade, e seriam fortalecidas e enobrecidas pelo esforço feito para compreenderem as razões de nossa fé. Fossem nossas irmãs conscienciosas cristãs bíblicas, buscando aproveitar toda oportunidade para esclarecer a outros, e veríamos dezenas e dezenas de pessoas abraçando a verdade, unicamente mediante seus abnegados esforços. FD 121 1 Irmãs, no dia em que forem ajustadas as contas de todos, experimentarão vocês alegria ao ser passada em revista sua vida, ou sentirão que a beleza do ser exterior é que foi buscada, enquanto a beleza interior ficou quase de todo negligenciada? -- Testimonies for the Church 4:630. FD 121 2 Harmonizar a maneira de se vestir com a Bíblia -- Minhas irmãs, se tivessem harmonizado sua maneira de vestir com as regras dadas na Bíblia, teriam sobras para auxiliar as irmãs mais pobres. Não teriam apenas recursos, mas tempo. Muitas vezes, isso é o mais necessário. Muitos há a quem poderiam ajudar com suas sugestões, tato e habilidade. Mostrem-lhes como podem vestir-se com simplicidade e bom gosto. Muitas mulheres permanecem fora da casa de Deus por causa de seus miseráveis, mal arranjados trajes, que se acham em tão assinalado contraste com o vestuário das outras. Muitos espíritos sensíveis nutrem um sentimento de amarga humilhação e injustiça devido a esse contraste. E, por causa disso, muitos são levados a duvidar da realidade da religião e a endurecer o coração contra o evangelho. -- A Ciência do Bom Viver, 207. FD 121 3 Aparência exterior, indício do coração -- Vi que a aparência exterior é indicativa do coração. Quando o exterior é enfeitado com laços, golas e artigos supérfluos, isso mostra claramente que o amor por todas essas coisas está no coração. A menos que tais pessoas sejam purificadas de sua corrupção, nunca verão a Deus; pois somente "os limpos de coração [...] verão a Deus". Mateus 5:8. -- Testimonies for the Church 1:136. FD 121 4 Enquanto o adorno exterior embeleza somente o corpo, a virtude da mansidão adorna o coração e põe o homem finito em conexão com o Deus infinito. Esse é o ornamento escolhido por Deus. [...] Os anjos do Céu registrarão como melhor adornados aqueles que se revestem do Senhor Jesus Cristo e andam com Ele em mansidão e humildade de espírito. -- Santificação, 16. ------------------------Capítulo 14 -- A mulher cristã é modesta em todas as ocasiões FD 122 1 A vida daqueles que estão relacionados com Deus é perfumada com atos de amor e bondade. O suave aroma de Cristo os circunda; sua influência se faz sentir para elevar e abençoar. São árvores frutíferas. Homens e mulheres dessa estirpe de caráter prestarão serviço prático em amáveis atos de bondade e em labor diligente e sistemático. -- The Review and Herald, 24 de Agosto de 1886. FD 122 2 Devem ser reservadas e modestas -- Não devem os que professam a religião de Cristo descer a conversações frívolas, a familiaridade inconveniente com mulheres de qualquer classe, sejam casadas ou solteiras. Que eles se mantenham em seu devido lugar com toda a dignidade. Ao mesmo tempo devem eles ser sociáveis, bondosos e corteses para com todos. As senhoras jovens devem ser reservadas e modestas. Não devem dar nenhuma ocasião para que se fale mal de suas boas intenções. Os que dão demonstrações de que os seus pensamentos seguem um curso rasteiro, e cuja conversação tende mais a corromper do que elevar, devem ser afastados imediatamente de qualquer ligação com a instituição, pois com certeza perverterão a outros. -- Conselhos Sobre Saúde, 294, 295. FD 122 3 Menos ousadia -- Segundo a luz que me foi dada, nossas irmãs devem seguir uma conduta bem diferente. Devem ser mais reservadas, manifestar menos ousadia, encorajando em si o "pudor e modéstia". 1 Timóteo 2:9. Tanto irmãos como irmãs condescendem demais com conversas espirituosas quando em companhia uns dos outros. Mulheres que professam piedade toleram muitos gracejos, anedotas e risos. Isso é impróprio e ofende o Espírito de Deus. Tais exibições revelam falta de verdadeiro refinamento cristão. Não fortalecem a relação com Deus, mas redundam em grandes trevas; afastam os puros, perfeitos anjos celestiais e levam os que se entregam a esses erros a um baixo nível. -- Testimonies for the Church 2:455. FD 123 1 Guardar a virtude -- Cultivem o precioso, inestimável adorno da modéstia. Isso preservará a virtude. [...] Sinto-me impelida pelo Espírito do Senhor a apelar a minhas irmãs que professam piedade a seguirem a modéstia de comportamento e uma discrição apropriada. [...] Tenho perguntado: Quando as irmãs jovens agirão corretamente? Sei que não haverá uma mudança decisiva para melhor enquanto os pais não perceberem a importância de exercer o maior cuidado em educar seus filhos corretamente. Ensinem-nos a agir com discrição e modéstia. -- Testimonies for the Church 2:458, 459. FD 123 2 Influências de livros e imagens degradantes -- Muitos dentre os jovens são ávidos por livros. Lêem tudo que podem obter. As provocantes histórias de amor e os quadros impuros exercem uma influência corruptora. As novelas são lidas por muitos com avidez e, em resultado, sua imaginação se torna corrompida. Nos trens, fotografias de mulheres nuas são freqüentemente oferecidas à venda. Esses quadros repugnantes também são encontrados em estúdios fotográficos e são dependurados nas paredes dos que trabalham com gravações em relevo. É esta uma época em que a corrupção prolifera por toda a parte. A concupiscência dos olhos e as paixões corruptas são despertadas pela contemplação e pela leitura. O coração é corrompido pela imaginação. O espírito se compraz em contemplar cenas que despertam as mais baixas e vis paixões. Essas desprezíveis imagens, vistas através de uma imaginação deturpada, corrompem a moral e preparam as criaturas enganadas e imprudentes para darem rédeas soltas às paixões pecaminosas. Então se seguem pecados e crimes que arrastam os seres formados à imagem de Deus ao baixo nível dos animais, mergulhando-os afinal na perdição. -- Testimonies for the Church 2:410. FD 123 3 Sucesso de Satanás em cativar a mente dos jovens -- A corruptora crença prevalecente de que, segundo o ponto de vista da saúde, devem os sexos misturar-se, tem realizado sua perniciosa obra. Quando os pais e tutores manifestarem um décimo da perspicácia de Satanás, então essa associação de sexos poderá ser quase inofensiva. Como está acontecendo, Satanás tem muito êxito em seus esforços para enfeitiçar a mente dos jovens; e a mistura de meninos e meninas, apenas aumenta vinte vezes mais o mal. Que os rapazes e as moças se empenhem em trabalho útil. Se estiverem cansados, terão menos inclinação para corromper o próprio corpo. Nada mais se pode esperar no caso dos jovens, a menos que haja uma inteira mudança de mente nos mais velhos. O vício se estampa no rosto dos rapazes e das moças. E o que está sendo feito para impedir o progresso desse mal? Aos meninos e rapazes são permitidas e encorajadas certas liberdades através de propostas indecorosas de moças e mulheres jovens. Possa Deus despertar os pais e as mães para trabalharem diligentemente, a fim de mudarem esse terrível estado de coisas, é a minha oração. -- Testimonies for the Church 2:482, 483. Bom exemplo no estuário FD 124 1 Fannie Bolton foi, por algum tempo, empregada por Ellen White como uma de suas auxiliares. A seguir, trecho de uma carta que lhe foi escrita em 1894. FD 124 2 Tenho uma palavra a dizer sobre outro ponto. Nossas irmãs que vêm dos Estados Unidos têm contas a prestar diante de Deus por seu exemplo no vestuário; nessa questão, não foram aprovadas por Deus como missionárias Suas. Precisamos converter-nos -- alma, corpo e espírito. Deveríamos, por nosso exemplo, conduzir ao orgulho, à indulgência egoísta e ao egoísta dispêndio de recursos no vestuário, testificando que não somos praticantes da Palavra? Os princípios que me foram apresentados não são aqueles que Deus aprecia. Não sou chamada a especificar, mas a adverti-la para que tome cuidado. FD 124 3 O espírito que caracteriza seu trabalho, Fannie, não é discernido por muitos -- por você mesma ou outros. Eles não enxergam a natureza interna dessas questões, mas ela se manifesta em certas ocasiões. Embora seja cheia de atividade, zelo, iniciativa e dinamismo, há tantos movimentos unilaterais, impulsivos, mal-desenvolvidos, que seus resultados são da mesma ordem que os atos. Os vasos escolhidos de Deus trabalharão sob a guia do Espírito Santo. Você tem trabalhado principalmente sob a influência sistemática da satisfação própria, achando que faz um grande trabalho. Mas se for separado o trigo da palha haverá poucos grãos de puro cereal. A maioria julga a partir da aparência exterior, não do espírito e dos reais resultados. FD 124 4 Vivemos numa época representada com sendo semelhante àquela anterior ao Dilúvio. Todos os que agora vão em busca de almas devem, por seu vestuário e conduta, representar a modéstia e as marcas do Senhor Jesus. Devem aguardar, vigiar e orar para que o Espírito Santo seja abundantemente derramado. Devemos assimilar a idéia do cristianismo; em conversação e no vestuário, devemos representar a verdade. Deve-se colocar uma decidida guarda sobre os agentes humanos com relação às impressões que estão causando sobre outros, na conduta e no vestuário. A Bíblia é nosso guia; estude seus ensinos com o propósito de obedecer, e não irá cometer erros. FD 124 5 Nosso vestuário deve estar em estrita harmonia com o caráter de nossa fé sagrada. Citação de 1 Timóteo 2:9, 10; 1 Pedro 3:3-5. É necessário colocar mais do preceito bíblico no vestuário, bem como do adorno interior no caráter. FD 124 6 Fannie, aonde quer que for, onde quer que esteja, preste atenção para que as cores, o tecido e estilo do seu vestuário se adaptem e correspondam à sua idade e à fé que professa. Lembre-se de que fiz a observação ao pastor Olsen de que, em Preston, você necessitava de vestuário apropriado e se sentia pobre demais para ter aquilo de que tinha necessidade. Os comentários que você fez mostraram que não me entendeu. Quero ser entendida agora. FD 125 1 Você necessita de roupa íntima confortável, e isso é importante também para a saúde. Mas, de modo geral, não aprovo o seu estilo de vestuário. Fiquei um tanto triste e envergonhada quando se apresentou na plataforma, perante a grande multidão sob a tenda, com aquele vestido leve, com estampado grande. Não era apropriado para a ocasião. Sua compreensão na questão do vestuário pode melhorar muito. Espero que não consulte sua costureira, mas [consulte] aqueles que têm mente sensível e que não querem apenas lisonjear ou tenham engano na sua boca quanto ao vestuário apropriado, e isso causará uma impressão favorável tanto na mente dos fiéis quanto dos descrentes. Nós, que professamos estar na luz, e que assumimos a preeminente posição de instruir outros nas reuniões infantis, necessitamos ser severamente singelos, mas ainda assim caprichosos e de bom gosto quanto ao vestuário; não devemos dar motivo de desculpa a qualquer pessoa para que se vista segundo a moda mundana desta era corrupta. Aqueles que se vestem segundo a ordem dada na Bíblia, podem, com palavras apropriadas, ajudar outros a atingir um padrão digno. FD 125 2 Não me procure para saber como deve se vestir. Se nossas irmãs têm o Espírito de Deus habitando no coração como um princípio vivo, não darão, num único caso, oportunidade para que alguém deixe de lado os conselhos de Deus citando esposas de ministros ou obreiras envolvidas com cursos bíblicos. Faça sempre sua roupa com tecido bom e durável, e cores modestas; que seja costurada de maneira simples, sem adornos. Certamente você precisa melhorar seu estilo de vestuário. -- Carta 7, 1894. [Impresso na íntegra em The Fannie Bolton Story, disponível no Patrimônio Literário de Ellen G. White.] Carta de aconselhamento a Addie Walling FD 125 3 Addie Walling era uma sobrinha-neta de Ellen White, neta de sua irmã, Caroline. Tiago e Ellen White receberam Addie e sua irmã, May, em casa quando eram crianças, e as criaram como se fossem filhas. FD 125 4 Para Addie Walling: O irmão Whitney retorna hoje, a caminho de Basiléia, Suíça. Edith Andrews continua debilitada. Acho que este clima é melhor para os meus pulmões que o de Basiléia. Tenho tido muito trabalho por causa do sentimentalismo exagerado dos obreiros no escritório. Espero, querida menina, que se conserve livre disso. Conquistará a confiança de todos, se for reservada e não estimular as atenções e a companhia dos rapazes. Se tivesse tempo, eu lhe contaria algumas das coisas que tenho enfrentado aqui e em outros lugares onde já estive. Edith, pobre menina, não está preparada para morrer. Tem atraído a atenção para si mesma, teve alguns preferidos e negligenciou aqueles que eram dignos e bons, porque não se encaixavam no seu gosto. Esses, sobre os quais ela prodigalizou sua afeição, consideravam-na perfeita, e a afagaram, e ela os afagou, e se idolatraram mutuamente. Assim, como se pode notar, Deus foi deixado fora da questão. Esse sentimentalismo tem prejudicado a utilidade de excelentes rapazes no escritório e incapacitado moças para o seu trabalho. FD 126 1 Conversei muito francamente com Edith, e ela parece não perceber sua condição. Escrevi para ela, e acho que agora enxergará seus erros. Ela não tem tido experiência com a religião genuína, mas agora tem tudo, na sua frágil condição, para conhecer a Cristo e o poder de Sua graça. Como teria sido bom se ela houvesse aprendido isso enquanto tinha saúde. FD 126 2 Espero sinceramente que você não seja enganada, Addie, assim como aconteceu com essa pobre menina. Espero que você seja uma verdadeira e sincera cristã dia a dia, buscando a Deus em oração. Não se ocupe tanto a ponto de não ter tempo para ler a Bíblia e buscar a graça de Deus com humilde oração. Não siga o exemplo ou costume de ninguém quanto ao vestuário ou às atitudes. Se a tendência for para a indiferença ou o mundanismo, não expresse vaidade no vestir, mas que seu vestuário seja decoroso, elegante; procure sinceramente ser mansa e humilde de coração, adquirindo uma rica experiência nas coisas de Deus. Aprenda a vencer a vaidade que existe no coração não santificado pela verdade. Não seja petulante, mas reservada e modesta. FD 126 3 Agora, você será observada por muitos, e criticada, para ver como se sairá diante dos ensinos da irmã White. Não me represente mal, mas busque exercer uma influência adequada. Seja sempre leal, acessível, sincera e franca. Despreze toda afetação. Conserve-se à distância dos rapazes. Que eles saibam que existe uma moça que não enlouquece diante de seus primeiros olhares e atenções. Quero que esteja preparada para viajar comigo e me ajudar, se eu quiser. FD 126 4 Você tem visto aquelas que se casaram cessarem o seu progresso e se acomodarem a uma vida acanhada. Não receie desabafar comigo e pedir conselho, e eu lhe darei todo auxílio que puder. Mas, acima de tudo, preserve o autocontrole, a serenidade e modos femininos, sem parecer que sabe tudo. Não alegue saber muita coisa. Seja modesta na conversação, pois as pessoas se aborrecem quando uma moça fala como se soubesse muito. Você vai poder demonstrar sua sabedoria mediante ações, mas não o faça com palavras e elogios a si mesma. Seja cautelosa, discreta e humilde. FD 126 5 Precisamos aprender diariamente na escola de Cristo. Agora, minha querida filha, escrevi muito mais do que esperava escrever-lhe, mas posso não ter tão cedo a oportunidade de repetir isso. FD 127 1 Alegro-me porque você não mora na Itália, pelo menos neste vale, pois as mulheres e moças têm um penoso quinhão. Trabalham arduamente, quatorze horas por dia, e conseguem menos de vinte centavos por dia. Precisamos de missionários para todo este vale. Há homens que vivem bem, são pagos como missionários, mas não fazem nada na obra missionária. Comem, bebem e se divertem. São mantidos por sociedades da Inglaterra. -- Carta 28, 1885. ------------------------Capítulo 15 -- Equilíbrio na vida FD 128 1 Embora Ellen White tenha usado a palavra "intemperança" em alguns dos seus escritos, uma palavra preferível, na linguagem de hoje, poderia ser "desequilíbrio" ou falta de equilíbrio na vida. Os princípios encontrados nos seguintes conselhos gerais podem aplicar-se a qualquer aspecto da nossa vida, desde reconhecer nossas limitações ao aceitar responsabilidades adicionais, até viver um estilo de vida mais simples, a fim de aliviar o estresse e a tensão da vida moderna, e encontrar tempo para as coisas mais importantes. Novamente, a maior parte dos textos foi escrita para homens, todavia os princípios são igualmente aplicáveis. Equilíbrio necessário em cada fase da vida FD 128 2 O equilíbrio é um princípio da vida religiosa -- A temperança em todas as coisas deve ser ensinada e praticada. Temperança no comer, no beber, no dormir e vestir é um dos grandes princípios da vida religiosa. A verdade, introduzida no santuário da alma, dirigirá o tratamento do corpo. Coisa alguma que diga respeito à saúde do ser humano deve ser considerada com indiferença. Nosso bem-estar eterno depende do uso que fizermos, nesta vida, de nosso tempo, força e influência. -- Testimonies for the Church 6:375. FD 128 3 A falta de equilíbrio esgota as forças vitais -- Existe por todos os lados intemperança no comer e beber, intemperança no trabalho, intemperança em quase todas as coisas. Os que fazem grande esforço para realizar justamente tanto trabalho em determinado tempo, e continuam a trabalhar quando seu juízo lhes diz que deviam descansar, jamais lucram. Estão vivendo de capital emprestado. Estão gastando a energia vital de que necessitarão num tempo futuro. E quando a energia que tão indiferentemente usaram é exigida, fracassam por esta lhes faltar. Foi-se a força física, as faculdades mentais falham. Percebem que se depararam com uma perda, mas não sabem qual. Seu tempo de necessidade chegou, mas os seus recursos físicos estão esgotados. Todo aquele que viola as leis da saúde deve a qualquer tempo sofrer em maior ou menor escala. Deus nos proveu da energia indispensável, a qual deve ser utilizada em diferentes períodos de nossa vida. Se negligentemente esgotarmos essas forças pela contínua sobrecarga, teremos sofrido perdas em algum tempo. Nossa utilidade será diminuída, quando não destruída a nossa própria vida. FD 129 1 Como regra, o trabalho do dia não deve ser prolongado noite a dentro. Se todas as horas do dia forem bem aproveitadas, o trabalho que se estende pela noite é demasiado extra, e o organismo sobrecarregado sofrerá com o fardo a ele imposto. Foi-me mostrado que, os que isso fazem, perdem às vezes muito mais do que ganham, pois suas energias são esgotadas, e eles trabalham sob provocação nervosa. Talvez não percebam qualquer dano imediato, mas com certeza estão abalando sua constituição. -- Conselhos Sobre Saúde, 99. FD 129 2 Cautela quanto ao excesso de trabalho -- Lembrem-se de que o homem tem de preservar o talento da inteligência, dado por Deus, conservando a estrutura física em harmoniosa ação. É necessário o exercício físico para que se desfrute saúde. Não é o trabalho, mas o excesso dele, sem períodos de descanso, o que faz desfalecer as pessoas, pondo em perigo as forças vitais. Os que se excedem no trabalho logo chegam ao ponto em que trabalham como quem não tem esperança. FD 129 3 O serviço prestado ao Senhor deve ser executado com alegria e bom ânimo. Deus deseja que introduzamos ânimo, vida e confiança em nosso trabalho. Os obreiros de ocupação cerebral devem dar a devida atenção a cada parte do corpo humano, equilibrando o esforço. O esforço físico e mental, combinados prudentemente, conservarão o homem todo em condições de ser aceitável a Deus. FD 129 4 Coloquemos no trabalho do dia esperança, ânimo e amabilidade. Não nos excedamos no trabalho. É muito melhor deixar por fazer algumas das tarefas planejadas para o dia, do que se exceder e tornar-se sobrecarregado, perdendo o ânimo necessário para o cumprimento das tarefas do dia seguinte. Não violemos hoje as leis da natureza, para não perdermos as forças para o dia seguinte. -- Mente, Caráter e Personalidade 2:375, 376. FD 129 5 Necessários os devidos períodos de repouso -- Há perigo de que se exija das mulheres ligadas à obra que trabalhem demasiado arduamente sem os devidos períodos de repouso. Tão rigorosa sobrecarga não deve ser colocada sobre obreiros. Alguns talvez não se prejudiquem, porém outros, que são conscienciosos, hão de por certo trabalhar em excesso. São necessários a todos períodos de repouso, e em especial às mulheres. -- Evangelismo, 494. FD 129 6 Mentes bem equilibradas -- Todas as faculdades da mente deve ser postas em uso e desenvolvidas, a fim de que homens e mulheres tenham uma mente bem equilibrada. O mundo está cheio de homens e mulheres desequilibrados, que ficaram assim porque uma parte de suas faculdades foi cultivada, ao passo que outras foram diminuídas pela inação. A educação da maioria dos jovens é um fracasso. Estudam em demasia, ao passo que negligenciam o que diz respeito à vida prática. Homens e mulheres tornam-se pais e mães sem considerar suas responsabilidades, e sua prole desce mais baixo do que eles na escala da deficiência humana. Desse modo, a espécie degenera rapidamente. -- Conselhos Sobre Saúde, 179. FD 130 1 O sábio melhoramento dos talentos é uma bênção -- Não devemos enterrar nossos talentos, corroendo-os pela inação. Uma condescendência persistente com o eu, a recusa em exercer as faculdades que Deus nos outorgou, assegurarão nossa eterna separação de Deus, a perda de uma eternidade feliz. Esses dons nos são concedidos de acordo com nossa capacidade de usá-los, e o sábio desenvolvimento de cada um representará uma bênção para nós e trará glória a Deus. Cada talento recebido com gratidão é um elo na corrente que nos liga ao Céu. -- The Signs of the Times, 18 de Agosto de 1898. Necessário o equilíbrio na administração do tempo FD 130 2 Devemos prestar estrita conta do nosso tempo -- Nosso tempo pertence a Deus. Cada momento é Seu, e estamos sob a mais solene obrigação de aproveitá-lo para Sua glória. De nenhum talento que nos concedeu requererá Ele mais estrita conta do que de nosso tempo. -- Parábolas de Jesus, 342. FD 130 3 Equilíbrio ao aguardar e trabalhar pela vinda do Senhor -- Quando nos entregamos sem reservas ao Senhor, os deveres simples e comuns da vida doméstica serão olhados em sua verdadeira importância, e cumpridos de acordo com a vontade de Deus. Toca-nos estar atentos, vigiando quanto à vinda do Filho do homem; e precisamos também ser diligentes; é necessário trabalhar, bem como aguardar; deve haver uma união dos dois. Isso equilibrará o caráter cristão, fazendo-o bem desenvolvido, simétrico. Não devemos achar que podemos negligenciar tudo o mais e nos entregarmos à meditação, ao estudo ou à oração; também não devemos ser tumultuosos, apressados, ativos, com prejuízo da piedade pessoal. Devemos misturar a espera, a vigilância e o trabalho. "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. -- O Lar Adventista, 23. Aperfeiçoamento próprio FD 130 4 Não negligenciar oportunidades de aperfeiçoamento -- Caso o obreiro se haja consagrado plenamente a Deus, e seja diligente em orar, suplicando força e sabedoria celestiais, a graça de Cristo será seu guia, e ele vencerá os próprios defeitos, tornando-se mais e mais inteligente nas coisas de Deus. Ninguém se aproveite disso, porém, para ser indolente, para desperdiçar o tempo e as oportunidades, e negligenciar o preparo essencial a fim de tornar-se eficiente. O Senhor não Se agrada daqueles que, tendo tido ocasiões de obter conhecimento, negligenciam aproveitar os privilégios postos ao seu alcance. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 510. FD 131 1 "Coisas pequeninas" tornam a vida um sucesso -- É a conscienciosa atenção ao que o mundo chama de "coisas pequeninas" que torna a vida um sucesso. Pequenos atos de caridade, de abnegação, o dirigir simples palavras de auxílio, a vigilância contra pequenos pecados -- isso é cristianismo. Um grato reconhecimento das bênçãos diárias, um sábio aproveitamento das diárias oportunidades, o diligente cultivo dos talentos a nós confiados -- eis o que pede o Mestre. -- Mensagens aos Jovens, 143. Carta a uma mulher egocêntrica FD 131 2 A seguinte carta foi escrita para a Florida [Sra. Sidney Brownsberger], uma infeliz mulher cuja vida se desequilibrou por causa do egoísmo e da falta de autocontrole. Querida irmã Brownsberger: FD 131 3 Escrevi-lhe algumas coisas enquanto a reunião campal estava em andamento, mas, como lhe referi algumas dessas coisas, não as mandei. Minha mente está mais uma vez pesarosa. Sinto por você a mais profunda piedade e simpatia, porque você acha que sabe tudo a seu respeito. [Você] assume a posição fixa de que ninguém a entende e de que você é peculiar quanto ao temperamento e disposição. Deveria reconhecer que o Senhor a conhece melhor do que você mesma. Por ocasião da reunião campal, senti a intensa impressão de que você devia ser abençoada, confortada e fortalecida -- o que lhe traria felicidade, paz e uma genuína alegria cristã, diariamente. FD 131 4 Para que isso acontecesse, eu sabia que você precisaria ter, de si e dos seus deveres, idéias mais claras do que já teve até aqui na vida. Sabia que você deveria ser uma mulher verdadeiramente convertida, e isso é exatamente algo contra o qual você tem argumentado, como se mudança alguma pudesse ocorrer com você -- você deve permanecer exatamente como é. Bem, tudo isso é uma ilusão. A menos que uma mudança muito grande ocorra com você, a menos que vença o eu e o egoísmo, a menos que esses acariciados traços de caráter sejam vencidos, você terá um caráter defeituoso, manchado, que não encontrará lugar no puro, perfeito e santo reino de Cristo. A obra está diante de você e de mim, e todos os que conquistam a vida eterna precisam vencer cada falta, cada erro, cada defeito de caráter. FD 131 5 Consegue você perceber que é egoísta, que seus pensamentos têm a permissão de centralizar-se no eu? As coisas precisam ser do seu jeito e, a menos que sejam, você se sente completamente infeliz. Seu marido é mais atencioso com você do que a maioria dos homens o é com sua esposa. Ele tem feito exatamente as coisas que você não deveria, de forma alguma, ter permitido que fizesse, pois você mesma poderia e deveria tê-las feito como sua parte do trabalho; mas, por não serem tão amenas, tão agradáveis, você alegremente deixou com ele a sua realização, quando teria sido para o seu bem fazer essas coisas sozinha. Agora tenho grande receio quanto a você. FD 132 1 Sua situação atual será usada como desculpa no sentido de colocar um grande peso sobre seu esposo. Seus marcantes traços de caráter aparecerão; seus pensamentos e simpatias se centralizarão no eu, não porque na sua situação pessoal sofra mais do que uma grande parte das mulheres, mas porque pensa mais na questão; sua imaginação se ativará, e você se esquecerá de que outros passam pelo mesmo sem uma queixa, sem esperar a compreensão dos outros, sem comodidades. FD 132 2 Você, minha irmã, tem pouco autocontrole e não exerce a forte vontade que possui para controlar seus pensamentos e sentimentos. Dá vazão aos seus sentimentos quando as coisas não a satisfazem; em resumo, você sofre de histeria. Isso é necessário? Vi que não era, mas [que] sua condição impede completamente qualquer coisa desse tipo. Você precisa dominar seus sentimentos com uma vontade firme, e nunca permitir que esses espasmos nervosos obtenham a vitória sobre você. Você pode perguntar: Como conseguir isso? Mediante um ponderado autocontrole. Seus sentimentos se melindram terrivelmente quando as coisas não saem de acordo com o seu desejo. Você não pensa em quanta perplexidade, ansiedade e aflição causa a seu esposo, e lança todo o seu peso sobre ele, como se fosse esse o seu privilégio e dever, quando é de educação que você precisa para ser auto-suficiente e altruísta, levando também os outros em consideração. Essa lição você precisa aprender. FD 132 3 Você não precisa ter um desses ataques. Você está se condicionando para que eles se tornem uma temível realidade, uma segunda natureza; e quando as dores do parto chegarem, eles lhe sobrevirão, e as condições que os produzem estarão além do seu controle. Mas você pode agora controlar essas condições e não precisa mais tê-los, assim como eu não preciso ficar assim aflita. Cabe a você mesma decidir se será uma mulher feliz ou infeliz. FD 132 4 Você deveria ser aquilo que Deus deseja -- uma mulher que tem confiança em si mesma. Digo-lhe agora, no temor de Deus, que precisa atentar menos para si. Você parece achar que não lhe pode sobrevir nenhuma inconveniência ou sobrecarga, mas muitas mulheres, não mais fortes do que você, para as quais os deveres comuns da vida doméstica são tão plenamente desagradáveis quanto no seu caso, assumem bravamente esses deveres e os cumprem sem reclamar, porque lhes são dados como o seu trabalho. Atos de bondade, caridade e amor para com os outros a tornarão uma com Cristo, e tirarão os seus pensamentos de si mesma. FD 132 5 A prevenção contra a disciplina é sua, mas você não pode desfrutar integridade de caráter, que é a verdadeira santificação, a menos que se discipline firme e decididamente. Não lhe será rebaixamento fazer as muitas coisas da vida doméstica nas quais agora nem sequer toca. Deus quer que sinta a responsabilidade de ser um conforto e bênção para o seu esposo, assim como espera que ele seja um conforto e bênção para você. FD 133 1 Afaste os pensamentos de si mesma; não reclame; seja animosa. Não há razão pela qual não deva ser alegre, nenhum motivo pelo qual a gratidão não habite em seu ser, embora esteja na situação em que se encontra. Não é desgraça nenhuma ter filhos, e a mãe, por seu curso de ação, pode determinar a saúde e disposição deles. FD 133 2 Rogo-lhe que se oculte em Jesus, que seja Sua verdadeira filha, andando em amor e obediência a todos os Seus reclamos, exemplificando na vida o caráter de Jesus -- terna e atenciosa com os outros, considerando-os tão bons e merecedores de comodidades, conforto e felicidade como você mesma. Isso você não tem feito. O eu tem sido colocado em primeiro lugar, e o prazer, gosto e felicidade dos outros vem em segundo. Isso não deveria acontecer, embora lhe pareça natural. FD 133 3 Se é que deva entrar no Céu, existe uma obra que Florida deve realizar por si mesma, a qual ninguém pode fazer por ela. Que tipo de Céu seria esse, caso você pudesse entrar lá com todas essas peculiaridades que você alega estarem além da possibilidade de superar? Seria necessário que o Senhor levasse o seu esposo pela morte, que lhe enviasse adversidade removendo seus filhos, que a privasse das bênçãos que agora desfruta, a fim de chamá-la à razão, refinando-a e polindo-a para que se torne altruísta, paciente, reconhecida e grata? Escrevo-lhe agora porque me foram mostradas as muitas desculpas que mulheres grávidas apresentam para a perversidade de seu temperamento, que é tentação de Satanás. Deus lhe concederá graça, se você tomar o rumo de uma cristã que segue a Bíblia. FD 133 4 Sei que você se sentirá mal com esta carta, mas não ouso retê-la. Sua tarefa, agora, é amar a Deus de modo supremo, e ao próximo como a si mesma. Seja tão compreensiva e atenciosa em relação com seu próximo como o é em relação consigo mesma. Não devemos estar tão envoltos em nós mesmos a ponto de deixarmos de nos colocar na situação de outros e tornar seu caso o nosso. Existem outras pessoas tão sensíveis quanto você, tão refinadas no gosto, com excelente intelecto, e que não gostam dos desagradáveis pequenos deveres da vida que alguém deve executar. Partilhe com elas essas responsabilidades e se esqueça de Florida, pelo interesse que tem na felicidade dos outros. Faça o que puder para aliviar o fardo de outros em qualquer função, e não se deixe envolver no egoísmo. FD 133 5 Você poderá achar que isto é severo, mas é exatamente como Deus me apresentou o caso, e por alguma razão senti Seu Espírito impelindo-me a me levantar às três horas da manhã para escrever-lhe. Mediante a fé em Cristo, você poderá tornar-se forte, autoconfiante e útil. Mas lhe digo, Florida, em nome de Jesus, que você não precisa ter esses ataques nervosos que exigem tão grande labor extra e trazem tanto temor, ansiedade e verdadeira aflição ao seu esposo. Ele não pode suportar tudo; é mortal, assim como você. Deus reivindica os talentos que lhe emprestou. Ele não pode fazer sucesso no trabalho e ter saúde e vigor mental, a menos que você, sua esposa, assuma o trabalho da sua vida e o auxilie como somente uma esposa pode fazer. Você pode ser o maior fardo que um homem vai carregar, ou pode ser uma bênção. A decisão é sua de abater e destruir a coragem do seu esposo, por suas maneiras e atitudes, ou fortalecê-lo e edificá-lo. Permita que Jesus presida o templo de sua alma, e todas as coisas, então, estarão em harmonia com Deus. FD 134 1 Não lhe escrevo porque não a amo. Escrevo porque a amo. Você é aquisição do sangue de Cristo. Desejaria que aperfeiçoasse um caráter cristão. O grande respeito com que você acaricia o eu cria uma deformidade moral. Você nunca aperfeiçoará um caráter cristão enquanto não pensar menos em si e tiver uma opinião melhor acerca dos outros. Não deveria tentar esquivar-se de encontrar obstáculos e vencê-los. Você fortalecerá tendões e músculos espirituais ao assumir responsabilidades. Você alega demais sua fragilidade e evita as próprias coisas que lhe trariam forças. FD 134 2 A religião é um princípio ativo, atuante, e proporciona a força vital suficiente para as duras realidades da vida. Nossa Alta Vocação, 333. A religião tem, inclusive, o poder de restringir e controlar o eu, de vencer pronunciadas tendências hereditárias. Tem um verdadeiro poder transformador sobre a vida, modulando o caráter. Cristo foi trabalhador; labutou pelo Seu sustento, trabalhando na carpintaria. Assim, enobreceu e dignificou até o trabalho comum. Agora, minha irmã, a inteligência e a educação nunca tiveram o propósito de tornar aborrecido, desinteressante e desagradável o labor comum. Até os deveres mais comuns da vida doméstica podem ser elevados e dignificados. FD 134 3 A religião sempre comunica poder a seu possuidor para restringir, controlar e equilibrar o caráter, o intelecto e as emoções. Tem o poder de persuadir, suplicar e ordenar com autoridade divina todas as aptidões e afetos. A religião -- oh, quisera que todos compreendêssemos sua atuação! Ela nos põe sob as mais importantes obrigações. Ao nos ligarmos a Cristo, comprometemo-nos solenemente a andar como Cristo andou. Nossa Alta Vocação, 333. Quer comamos, quer bebamos ou façamos outra coisa qualquer, tudo deve ser feito com o eu fora de vista e tendo em vista a glória de Deus. Todo ato nosso exerce influência sobre os outros; portanto, cada ato e motivo deve estar sob o controle do Espírito de Deus. FD 134 4 Nossas noções, nossas peculiaridades, são inteiramente humanas e não devem ser satisfeitas ou tratadas complacentemente. O próprio eu precisa ser crucificado, não de quando em quando mas a cada dia, e o físico, a mente e o espírito precisam subordinar-se à vontade de Deus. A glória de Deus, a perfeição do caráter, eis o que deve constituir o alvo, o desígnio da nossa vida. Os seguidores de Cristo precisam imitá-Lo na disposição. Nossa Alta Vocação, 27. É-nos dado um Padrão para copiar, e nenhuma desculpa será aceita por Deus como razão para não alcançar a norma divina, por mais contrária que possa parecer à nossa natureza, aos nossos desejos e inclinações egoístas. Semelhante a Cristo, eis a divisa, não ser como vosso pai ou vossa mãe, mas semelhante a Jesus Cristo -- oculto em Cristo, revestido da justiça de Cristo, possuído de Seu Espírito. FD 135 1 Todas as peculiaridades que nos são dadas como herança ou que são adquiridas por meio de condescendência ou de uma educação errônea, precisam ser de todo vencidas, cumpre resistir-lhes com determinação. O amor da estima e o orgulho de opinião, tudo precisa ser levado ao sacrifício. Nossa Alta Vocação, 27. Devem ser vencidos. Não deve haver condescendência com o inimigo da justiça. FD 135 2 O conflito será árduo e cansativo, mas Jesus é nosso ajudador; nEle e por meio dEle devemos ser vencedores, por mais severo que seja o processo. Deus não exige menos de você do que isso. Cada um dos Seus filhos deve ser como Cristo, que não viveu para agradar a Si mesmo. Devemos ter simetria de caráter a fim de estar em pé diante do Filho do homem. A graça de Deus está à espera de sua demanda. Se você pedir, Ele lhe dará graça e forças, conforme a necessidade. FD 135 3 Aquilo que você chama de sensibilidade é orgulho que não admite contradição. O eu deve ser disciplinado, guardado e controlado. A mais decorosa dignidade que se pode possuir é o domínio próprio que suportará provação. A religião de Cristo controlará e restringirá toda paixão profana, estimulará à energia, disciplina própria e operosidade até nas questões da vida doméstica, rotineira, levando-nos a aprender economia, tato, abnegação e a suportar privações sem murmurar. O Espírito de Cristo no coração será revelado no caráter, desenvolverá nobres qualidades e faculdades. "Minha graça te basta" (2 Coríntios 12:9), diz Cristo. FD 135 4 Seus desejos e vontade serão muitas vezes contrariados, mas você não deve desanimar. Jesus a ama e quer que seja feliz mesmo nesta vida, e que seja luz no mundo. Eu gostaria que você visse, e nosso povo visse, o que podem ser e o que podem tornar-se. Deus operará com os seus esforços. Testes nos virão diariamente através de provações e desapontamentos, e o verdadeiro caráter se desenvolverá. Aqueles que não suportam os vexames e as cruzes da vida acabarão por fracassar, quando lhes sobrevierem as provas mais severas. Jesus deseja que você seja feliz, mas você não pode ser feliz querendo as coisas do seu jeito e seguindo o impulso do seu coração. FD 135 5 Deus deseja que você e seu esposo deixem aos outros um exemplo digno de imitação. Você pode fazer isso; caso contrário, Ele nunca exigiria de você tal coisa. Seu auxílio está em Deus. -- Carta 25, 1882. ------------------------Capítulo 16 -- Saúde, exercício e viver saudável FD 136 1 O conhecimento de que o homem deve ser um templo para Deus, uma morada para a revelação de Sua glória, deve ser o mais alto incentivo ao cuidado e desenvolvimento de nossas faculdades físicas. Terrível e maravilhosamente tem o Criador operado na estrutura humana, e nos ordena que a estudemos para lhe compreender as necessidades e fazermos nossa parte no preservá-la de dano e contaminação. -- A Ciência do Bom Viver, 271. FD 136 2 O exercício torna o sono mais repousante e a pessoa mais atenta -- As mulheres negligenciam exercitar os membros enquanto caminham. A cavalgada não substitui a caminhada. Muitas que se encontram debilitadas podem caminhar, se pensarem assim. Não revelam disposição, e você as ouvirá rogando: "Ah! Não consigo caminhar. Fico sem fôlego; sinto dor no lado, dor nas costas." Queridas irmãs, quem dera não tivessem essas enfermidades. Mas sei que ceder a elas, e entregar-se a uma vida inativa, não as livrará delas. Procurem exercitar-se moderadamente, a princípio. Tenham regras para governar-se. Caminhem! Sim, caminhem! Se tiverem a possibilidade, caminhem! Tentem percorrer uma distância curta a princípio, vocês, que pensam que caminhar é impossível. Ficarão cansadas, sem dúvida. Seu lado pode doer, suas costas doerão, mas isso não deve assustá-las. Seus membros podem sentir-se fracos. E não seria surpresa, pois os usam tanto quanto se não tivessem membros. [...] FD 136 3 Se tão-somente caminhassem, e fossem perseverantes na questão, conseguiriam muito na direção do restabelecimento. Seu sono seria mais reparador. A cada tentativa, vão um pouco mais longe. Não o façam arrastando-se, como se houvesse pesos amarrados aos membros. [...] Permitam que o movimento dos braços as ajude na caminhada. Caminhem com a mente animosa. Enquanto andam, contemplem as belezas da natureza, ouçam os doces cantores, cujos melodiosos gorjeios ascendem em louvor ao Criador. Inspirem-se com a feliz atitude deles. Vejam tudo o que puderem, de belo, bom e alegre, e que isso lhes agilize os passos, e permaneça em seus pensamentos ao longo do dia. FD 137 1 Continuem esse exercício, e que ninguém as faça desistir dele. Usem os membros que Deus lhes deu, e busquem dEle forças para usá-los. Vocês podem orar pedindo forças dia após dia e, mesmo assim não notar mudanças, até que exerçam a força que já possuem. Dêem ao Senhor a oportunidade de fazer algo por vocês, começando a obra por si mesmas. A cada dia notarão uma mudança para melhor, apesar de terem a sensação de cansaço. O sono as refará novamente, e poderão aumentar seu esforço até que vocês, que não caminham poucos metros além do seu quarto ou de casa para a igreja, possam andar um quilômetro e meio, quem sabe três, sem danos. FD 137 2 Ao esforçar-me para incutir nas mulheres a necessidade de caminhar, algumas receberam minhas idéias, e decidiram pô-las em prática de imediato. E por ocasião do primeiro esforço, caminharam, quem sabe, oitocentos metros, ficaram exaustas e realmente sofreram tanto que concluíram que a caminhada não era o melhor para elas. Essas foram a um extremo. Não suportaram tanta caminhada, a princípio, sem danos. Algumas estão sempre dispostas a ir a extremos. Quando chegam ao seu limite, nunca se contentam em parar. Elas prosseguem. Deixam de usar, da melhor maneira, a razão que o Céu lhes concedeu. -- História da Redenção, 1 de Julho de 1868. O exercício é essencial FD 137 3 A seguir, trecho de uma carta escrita para Edith Andrews, sobrinha de J. N. Andrews. FD 137 4 Um de nossos mais importantes deveres é dar atenção à saúde. Temos esse dever para conosco, para com a sociedade e para com Deus. Os jovens de ambos os sexos são proverbialmente descuidados em relação a sua saúde. Refletindo a Cristo, 139. Centenas morrem cedo na vida, não por causa de uma determinação da Providência, mas de uma manifestação de negligência. Muitas moças se vestem de modo insuficiente no clima frio. Outras escolhem sentar-se para ler ou escrever, quando deveriam estar fazendo exercício físico. Deus lhes deu os órgãos para serem usados. Não se permita que a maquinaria viva enferruje por inação. Manter todas as faculdades do corpo igualmente ativas exige autodomínio. A vida de muitos que sofreram morte prematura teria sido prolongada até uma idade avançada, caso houvessem agido de modo inteligente. FD 137 5 Enfermidade e morte tornaram-se comuns por causa da imperdoável ignorância daqueles que deviam saber melhor. FD 137 6 O exercício é indispensável à saúde de cada órgão. Se um grupo de músculos é usado enquanto outros são negligenciados, a maquinaria viva não está sendo usada inteligentemente. FD 138 1 Quando se faz exercício físico, a circulação é ativada. O coração recebe sangue mais rapidamente e o envia mais depressa aos pulmões. Os pulmões trabalham mais vigorosamente, abastecendo uma maior quantidade de sangue, o qual é impelido com mais força para todo o organismo. O exercício dá nova vida e vigor a cada órgão do corpo. FD 138 2 Os nervos ganham ou perdem força de acordo com a maneira como são tratados. Se utilizados por tempo excessivo e com demasiado rigor, ficam sobrecarregados e debilitados. Se utilizados apropriadamente, adquirem resistência. FD 138 3 Para se ter saúde é preciso manter equilíbrio de ação. A mente precisa se harmonizar com isso, se quiser receber os benefícios. Se o exercício físico for considerado uma escravidão, se a mente não tomar interesse no exercício das diferentes partes do corpo, os benefícios não serão obtidos. A mente precisa ter interesse no exercício dos músculos. FD 138 4 Na educação dos jovens, o exercício físico precisa ser combinado com a atividade mental. -- Refletindo a Cristo, 139. FD 138 5 Meninas que têm saúde não sabem como apreciar o seu valor. Se a sua atividade é sedentária, sentem aversão por outros ramos de labor. Queixam-se de grande cansaço, se fazem exercícios. Esse devia ser para elas um fato convincente de que precisam exercitar os músculos. -- Carta 6, 1885. FD 138 6 As leis da saúde devem ser estritamente obedecidas -- Grande quantidade de sofrimento se poderia poupar se todos trabalhassem para evitar a doença, obedecendo estritamente às leis da saúde. Estritos hábitos de limpeza devem ser observados. Muitos, enquanto se acham bem, não se dão ao trabalho de manter-se com saúde. Negligenciam o asseio pessoal, e não são cuidadosos em manter limpa sua roupa. Impurezas estão constante e imperceptivelmente saindo do corpo, pelos poros, e se a superfície da pele não for conservada em estado sadio, o organismo se sobrecarrega com substâncias impuras. FD 138 7 Se a roupa usada não é lavada freqüentemente, e muitas vezes arejada, torna-se imunda com as impurezas que são expelidas do corpo pela transpiração perceptível e imperceptível. E se a roupa usada não é limpa freqüentemente dessas impurezas, os poros da pele reabsorvem a matéria gasta expelida. As impurezas do corpo, se não se permitir que saiam, são devolvidas ao sangue e impostas aos órgãos internos. FD 138 8 A natureza, para aliviar-se das impurezas tóxicas, faz um esforço por livrar o organismo -- esforço que produz febres, e que se denomina doença. Mas, mesmo então, se os doentes ajudassem a natureza em seus esforços, mediante o uso de água pura, branda, muito sofrimento seria evitado. Muitos, porém, em vez de isso fazer, e procurar remover do organismo a matéria tóxica, nele introduzem um veneno mais mortífero, para remover um tóxico já ali presente. -- Conselhos Sobre Saúde, 61, 62. FD 139 1 Os verdadeiros remédios para a saúde -- Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino -- eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de aplicá-los. É essencial tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente, como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente esse conhecimento. -- A Ciência do Bom Viver, 127. FD 139 2 A influência do ar puro -- Ar, ar, a preciosa dádiva do Céu, que todos podem ter, beneficiar-lhes-á com sua revigorante influência, caso lhe não recusem a entrada. Dêem-lhe as boas-vindas, tenham-lhe afeição e ele se revelará um precioso calmante dos nervos. O ar deve estar em constante circulação para manter-se puro. O efeito do ar puro e fresco é fazer com que o sangue circule de maneira saudável através do organismo. Ele refresca o corpo e tende a comunicar-lhe força e saúde, ao mesmo tempo que sua influência é claramente sentida sobre a mente, comunicando um certo grau de calma e serenidade. Desperta o apetite, torna mais perfeita a digestão dos alimentos e conduz a sono saudável e tranqüilo. -- Testimonies for the Church 1:702. FD 139 3 Luz solar, uma necessidade -- Poucos há que reconhecem que, para poderem possuir alegria, devem ter abundância de luz solar, ar puro e exercício físico. [...] FD 139 4 Nenhum cômodo da casa deve ser considerado mobiliado e adornado sem a luz alegre e animadora do Sol, que é o dom gratuito do Céu ao homem. -- Minha Consagração Hoje, 138. Água pura, uma das bênçãos do céu FD 139 5 Livre uso da água -- Na saúde e na doença, a água pura é uma das mais excelentes bênçãos do Céu. Seu uso adequado promove a saúde. Foi a bebida provida por Deus para saciar a sede de homens e animais. Bebida abundantemente, ela ajuda a suprir as necessidades do organismo, e a natureza em resistir à doença. A aplicação externa da água é um dos mais fáceis e satisfatórios meios de regular a circulação do sangue. -- A Ciência do Bom Viver, 237. FD 139 6 Água pura para beber e ar fresco para respirar revigoram os órgãos vitais, purificam o sangue e ajudam a natureza em sua tarefa de vencer as más condições do organismo. -- Minha Consagração Hoje, 139. Princípios de saúde no lar de Ellen White FD 139 7 Esta carta foi escrita de Reno, Nevada, para o irmão e a irmã Lockwood, e para Marian Davis, Fannie Bolton e May Walling, que haviam ficado em casa. A Sra. White estava assistindo a uma reunião campal. FD 140 1 Chegamos aqui em boas condições, hoje de manhã, pouco antes das sete horas. Achamos que para nós teria sido melhor se tivéssemos esperado mais um dia. Preparativos estão em andamento quanto à nossa tenda. Está sendo colocado um piso de madeira e agora estão procurando um tapete para o piso. FD 140 2 A irmã que trabalhou para a irmã Leinenger havia decidido ir para minha casa ou em para Santa Helena. Ficou desapontada com sua visita e deseja retornar, de modo que acho melhor que ela volte. Posso dar-lhe doze dólares por mês agora e, quando regressar, ou quando houver mais responsabilidades e mais trabalho para fazer, então lhe aumentarei o salário. FD 140 3 Quando descobrimos que eu não podia conservá-la, alterei meus planos materialmente, e isso não deixa mais que uma pequena família em Santa Helena e outra em Healdsburg, que May pode administrar, mas se ela tiver um local onde trabalhar e aprender um ofício, precisará de alguém que lhe costure roupas. Ela tem o tecido, e quero que seus vestidos sejam feitos com bom gosto. O vestido preto que eu trouxe da Europa está para ser terminado e outros devem ser feitos, e se Fannie não empregou uma costureira, que essa moça faça a costura. Se não puder cortar, que outra costureira o faça; mas diga-lhes que minha ordem categórica é que as mangas e a cintura sejam folgadas, e não tão apertadas que façam compressão em algum ponto. Todos os músculos devem ser deixados livres para trabalhar, sem forçar o tecido ao usar os braços com liberdade. FD 140 4 Essa tendência de fazer apertado é moda, mas nada disso deve ser feito na minha casa, pois tenho alguma consideração para com a saúde dos meus auxiliares. Dêem aos pulmões amplo espaço para exercitar-se; ao coração, amplo espaço para fazer seu trabalho sem uma partícula de aperto. Não respeito o padrão da moda, e não quero que se pratiquem essas novas invenções. Desejo permanecer afastada e livre de tudo o que venha em detrimento, por mínimo que seja, da respiração ou da perfeita liberdade de ação. Que essa irmã receba de Fannie a costura para fazer. Se não souber cortar e costurar, ela pode trabalhar com alguém que corte e costure. Tenho convicção de que essas mangas apertadas, agarradas, não podem ser saudáveis e, estejam na moda ou não, aconselho que não sejam executadas segundo esse feitio. Leiam isto para aquelas que fazem minhas costuras. FD 140 5 Eu ficaria satisfeita em mandar fazer as roupas de May, para que ela possa ir a qualquer lugar onde seja necessário, a fim de aprender um ofício ou ir para Santa Helena em tempo. Quero que ela tenha bom vestuário. Ela precisa de um bom casaco [jaqueta curta] de algum tipo. Há um casaco de pele de castor no baú. May pode ter um casaco a partir dele. Mais uma vez, dou ordens positivas para que seja feito folgado, e não apertado a ponto de ela não poder vesti-lo ou tirá-lo sem puxar e repuxar. Agora, se essa moça na casa do irmão Leinenger sabe costurar, May pode fazer o trabalho e mandar costurar sua roupa. [...] FD 141 1 Se ela [May] fizer suas tarefas sistematicamente pela manhã e anotar num papel o que pretende realizar no cumprimento organizado de seu trabalho, não perderá tempo, mas pode passar de uma tarefa para a outra. Não deve deixar a louça de lado para fazer alguma outra parte do trabalho. Cuide do trabalho da cozinha em primeiro lugar. Então, as camas terão a oportunidade de tomar um ar para depois serem arrumadas. [...] FD 141 2 É um hábito muito mau deixar o trabalho prolongar-se interminavelmente. Organize o trabalho, e não ficará desanimada. É mau plano ceder ao impulso. Se você vir um livro que deseja ler e sentar-se no meio do trabalho para lê-lo durante as preciosas horas do dia, quando há trabalho que precisa ser feito, então o trabalho será negligenciado. Adquira o hábito de não continuar em atividade após as nove horas. Todas as luzes devem ser apagadas. Essa questão de transformar a noite em dia é um hábito deplorável e destruidor da saúde, e as muitas leituras por obreiros de atividade mental, para além da hora de dormir, são prejudiciais à saúde. Levam o sangue ao cérebro e então resulta em agitação e insônia, e o precioso sono que deveria descansar o corpo não vem quando é desejável. FD 141 3 É necessário cuidar do corpo e estudar suas necessidades, preservado-o de uma exposição desnecessária. É pecado ser ignorante quanto a como cuidar das necessidades dessa habitação que Deus nos deu. Quem realiza trabalho mental, especialmente, deve começar a acalmar-se, e não a se agitar de forma alguma ao se aproximar o horário de dormir. Que o sangue seja desviado do cérebro por algum tipo de exercício, caso seja necessário. Que o cérebro não seja sobrecarregado com leitura e, naturalmente, com esforço literário. Vocês, Marian e Fannie, separem uma ou duas horas, como lhes agradar mais, durante o dia, e não sentirão tanta fome de alimento intelectual a ponto de participarem dele nas horas da noite. Deus destinou a noite para o sono. FD 141 4 Bem, quanto a este ponto creio que basta. Se não formos despertados para obedecer às leis que Deus estabeleceu em nosso ser, não será necessário esperar que o Senhor opere um milagre para contrabalançar nossa prática inadequada. Devemos colocar a razão em funcionamento e fazer o máximo para aprender o que devemos realizar a fim de não formar hábitos para perseguir certo curso porque somos inclinados a ele, mas romper cada hábito que seja prejudicial à saúde, pois Deus requer isso de nós. Então, com fé, podemos pedir que Deus nos ajude, e Ele o fará. FD 141 5 Tenho especial preocupação por Fannie. Quero que se recupere desse nervosismo e insônia e, a fim de conseguir isso, ela deve tomar tempo para descansar o cérebro, para que os nervos não saiam completamente do tom, como nosso velho órgão. Quando Fannie se encarregar disso, encontrará meios de melhorar a saúde. Lamento muito por Fannie. Ela tem boa estrutura, ossos grandes e deveria ter nervos e músculos bons e saudáveis; e a razão pela qual não os tem é porque abusa das faculdades mentais e nervosas por sobrecarga, mantendo-se tensa, alerta, quando a razão devia tomar as rédeas e mantê-la em obediência às leis de Deus que controlam o organismo humano. Gostaria que Fannie ouvisse as palestras apresentadas agora sobre saúde no Retiro [da Saúde Rural]. Ela precisa ter a mente e a consciência despertadas quanto a essas coisas, e precisa usar cada aptidão que Deus lhe concedeu para restabelecer-se, a fim de que use essas faculdades como dons de Deus e tenha hábitos saudáveis a fim de exercer todo o seu trabalho. FD 142 1 Fannie, você precisa de um pouco de exercício físico, dentro e fora de casa, todos os dias. Se ficar cansada, isso aliviará o cérebro. O que esse exercício representa, deixo para que você conclua. Você mesma pode planejá-lo. Use seu tato e as faculdades do cérebro para programar o que fará diariamente em relação ao exercício físico. E desejo que se desperte quanto a essa questão. Não seja impulsiva, mas submeta-se a regras regulares e à ordem. Encarregue-se de você mesma, decida-se e, quando o Senhor notar que você está fazendo por si o que pode para conservar-se com saúde, Ele fará, de Sua parte, aquilo que você não pode. FD 142 2 Agora entrego a guarda da mente e do corpo de vocês à sua iluminada consciência e ao poder de Deus, que operará com seus inteligentes esforços para se manterem bem, a fim de que prestem a Deus melhor serviço, não como uma oferta enferma e doentia. FD 142 3 Desejo que May Walling sinta que deve cuidar da saúde e proteger-se contra resfriados e exposição desnecessária. Desejo que vocês se conservem com saúde, como solene dever que lhes cabe. Não devem agir por impulso ou pelas circunstâncias, mas com sólida razão. Vocês precisam estudar da causa para o efeito. Não quero que se sobrecarreguem, mas desejo que sistematizem seu trabalho de tal modo que consigam realizá-lo sem corrosão e constante desgaste. Deus deseja que o façam, e Ele as ajudará; tão-somente sejam leais a si mesmas. FD 142 4 Acordem pela manhã, fixem a hora de levantar cedo e a levem a sério; depois se recolham cedo também, e verão que superarão muitas desordens dolorosas que afligem a mente, causam sentimentos sombrios, desânimo e infelizes atritos, e as desqualificam para fazer qualquer coisa sem um grande esforço. FD 142 5 Espero e oro para que estas palavras não representem conselhos fúteis, mas que vocês ajam em harmonia com elas. May, especialmente, deve considerar o que precisa fazer, e depois não ser lerda e desanimada, mas realizar o trabalho pronta e alegremente, como se o fizesse para Jesus Cristo. -- Carta 76, 1888. ------------------------Capítulo 17 -- Casamento, lar e família FD 143 1 A medida do cristianismo é conferida pelo caráter da vida no lar. A graça de Cristo habilita quem a possui a tornar o lar um lugar feliz, cheio de paz e descanso. -- Mente, Caráter e Personalidade, 102. Casamento FD 143 2 O desígnio original de Deus -- Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. "Venerado [...] seja o matrimônio" (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. -- Patriarcas e Profetas, 46. FD 143 3 Casamento, uma instituição sagrada -- O casamento recebeu a bênção de Cristo, e deve ser considerado uma instituição sagrada. A verdadeira religião não deve agir contra os planos do Senhor. Deus ordenou que homem e mulher se unissem em santo vínculo matrimonial, para criar famílias que, coroadas de honra, fossem símbolos da família do Céu. E, no início do Seu ministério público, Cristo deu Sua decidida aprovação à instituição que havia criado no Éden. Assim, declarou Ele a todos que não recusará Sua presença em ocasiões de matrimônio, e que o casamento, quando unido à pureza e santidade, verdade e justiça, é uma das maiores bênçãos concedidas à família humana. -- The Signs of the Times, 30 de Agosto de 1899. FD 143 4 Responsabilidades individuais -- As duas pessoas que unem seus interesses para a vida irão ter características distintas e responsabilidades individuais. Cada um terá seu trabalho, mas a mulher não pode ser avaliada pela quantidade de trabalho que pode fazer, como se faz com os animais de carga. A esposa deve ser o encanto do círculo familiar como esposa e companheira para um sábio marido. A cada passo deve ela interrogar-se: "É esta a norma de uma verdadeira mulher?" e: "Como exercerei minha influência cristã no meu lar?" O marido deve fazer com que a esposa saiba que ele aprecia seu trabalho. FD 144 1 A esposa deve respeitar o marido. O marido deve amar sua esposa e mostrar cuidado por ela; e unindo-se nos votos matrimoniais como um só ser, sua crença em Cristo deve fazer que sejam um com Ele. Que pode agradar mais a Deus do que ver os que assumem a relação matrimonial buscarem juntos aprender de Jesus a tornarem-se mais e mais imbuídos do Seu Espírito? -- O Lar Adventista, 114. FD 144 2 A esposa deve ser tratada com ternura -- Sua família pode ser feliz. Sua esposa necessita de sua ajuda. Ela é como o ramo de uma videira; deseja apoiar-se em sua força. Você pode ajudá-la e orientá-la. Não deve jamais censurá-la. Nunca a reprove se seus esforços não atingirem o que você espera. Pelo contrário, encoraje-a mediante palavras de ternura e amor. Você pode ajudar sua esposa a preservar sua dignidade e respeito próprio. Nunca elogie as ações de outras pessoas diante dela para que note suas deficiências. Você tem sido rude e insensível a esse respeito. Tem mostrado maior cortesia por seus empregados do que por ela, colocando-os acima dela em seu lar. -- Testimonies for the Church 2:305. FD 144 3 A esposa deve ajudar o marido a conservar a dignidade -- Foi-me mostrado também que muitas vezes há grande falta da parte da esposa. Ela não exerce grandes esforços para reger o próprio espírito e tornar o lar feliz. Há muitas vezes, de sua parte, irritação e desnecessárias queixas. O marido chega em casa, do trabalho, fatigado e perplexo, e encontra um rosto carrancudo em lugar de palavras alegres e animadoras. Ele é apenas humano, e seu afeto retrai-se da esposa; perde o amor do lar, sua estrada fica obscurecida e destruído seu ânimo. Perde o respeito de si mesmo e aquela dignidade que Deus dele requer. -- Testimonies for the Church 1:307. FD 144 4 Amor a Cristo, amor ao cônjuge -- Nem o marido nem a esposa deve imergir sua individualidade na do outro. Cada qual tem uma relação pessoal para com Deus; e a Ele cada um deve perguntar: "Que é direito?" "Que não é direito?" "Como posso cumprir melhor o propósito de minha vida?" Que seu melhor afeto seja direcionado para Aquele que deu a vida por você. Faça com que Cristo seja o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Ao se aprofundar e fortalecer seu amor para com Ele, o amor recíproco será purificado e fortalecido. -- Mente, Caráter e Personalidade 1:154. FD 144 5 O espírito manifestado por Cristo em relação a nós é o espírito que marido e esposa devem manifestar entre si. "Como também Cristo vos amou", "andai em amor." "Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a seus maridos. Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela". Efésios 5:2, 24, 25. FD 145 1 Nem o marido nem a esposa devem tentar exercer controle arbitrário um sobre o outro. Não tentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sejam bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus vocês podem ter êxito em tornar feliz um ao outro, como prometeram no voto matrimonial. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 26, 27. Cuidado na escolha do companheiro da vida FD 145 2 Casamento arruinado pode arruinar a utilidade -- Caso aqueles que pensam em casar-se não queiram fazer amargas, infelizes reflexões depois do casamento, precisam torná-lo objeto de considerações sérias, atentas, agora. Dado precipitadamente, esse passo é um dos meios mais eficazes para arruinar a utilidade de rapazes e moças. A vida se torna um fardo, uma maldição. Pessoa alguma pode, com mais eficácia, estragar a felicidade e a utilidade de uma mulher, e tornar-lhe a vida um pesado fardo, que seu marido; e ninguém pode fazer a centésima parte para despedaçar as esperanças e aspirações de um homem, para lhe paralisar as energias e arruinar-lhe a influência e as perspectivas, como sua própria esposa. É da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nesta vida, e suas esperanças de existência futura. -- O Lar Adventista, 43. FD 145 3 É ele digno? -- Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a mente, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. -- Testimonies for the Church 5:362. FD 146 4 Individualidade da esposa -- A mulher que se submeter a ser sempre dirigida mesmo nos menores assuntos da vida doméstica, que abrir mão da própria identidade, jamais será de grande utilidade ou bênção para o mundo, e não corresponderá ao propósito que Deus tem para a sua existência. Sendo meramente uma máquina, é dirigida pela vontade e mente de outra pessoa. Deus deu a cada um, homem e mulher, uma identidade, uma individualidade, pois precisam agir por si mesmos no temor de Deus. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 25. Quando surgem problemas FD 146 1 Cristo, nosso auxílio em tempo de dificuldade -- A seguinte carta foi escrita para a Sra. Philip Wessels, no dia 7 de Março de 1897. Trechos dela aparecem no livro O Lar Adventista. Esperamos que esta carta traga ânimo para aqueles que enfrentam circunstâncias semelhantes. Querida irmã Wessels: FD 146 2 Escrevo-lhe algumas linhas hoje de manhã. Espero e oro para que não perca a fé ou desanime. Todos temos nossa individualidade, a qual não pode submergir-se em outra. Você tem uma vida a salvar ou perder. O Senhor lhe será socorro bem presente na tribulação. Ele gostaria de vê-la no seu posto do dever, confiando inteiramente nEle, que nos amou e morreu por nós. FD 146 3 Você tem agora dupla responsabilidade, visto que seu marido afastou-se de Jesus. O Lar Adventista, 350. Como mãe, seu trabalho é levar os filhos ao Mestre. Quando Cristo esteve na Terra, e as mães Lhe levaram seus filhos, os discípulos estavam a ponto de mandá-las embora, mas Jesus repreendeu os discípulos, dizendo: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus". Lucas 18:16. FD 146 4 Sei que lhe deve ser demasiado penoso permanecer só, no que respeita a cumprir a Palavra. Mas quem sabe, ó esposa, se sua consistente vida de fé e obediência não irá trazer de volta à verdade seu marido? Sejam as queridas criancinhas levadas a Jesus. Em linguagem simples fale a eles as palavras da verdade. Cante para eles cânticos atrativos, alegres, que revelem o amor de Cristo. Leve seus filhos a Jesus, pois Ele ama as criancinhas. FD 146 5 Conserve a alegria. Não se esqueça de que você tem um Consolador, o Espírito Santo, que Cristo indicou. Nunca estará só. Se ouvir a voz que agora fala a você, se responder sem demora às batidas à porta de seu coração, dizendo: "Entra, Senhor Jesus, para que eu ceie contigo, e Tu comigo", o Hóspede celestial entrará. Quando este Elemento, que é todo divino, habita em seu coração, há paz e descanso. O Lar Adventista, 350. É o reino do Céu perto de você. FD 146 6 Que cada hora seja de confiança, oração e fé. Você pode esperar provações. Devemos todos ser purificados da escória, e tornados brancos e testados. No tempo de aflição, leve todo pensamento cativo a Jesus Cristo. Um inimigo após outro pode vir de maneiras inesperadas, mas rejeite as tentações do inimigo. Dessa maneira, prosseguimos de graça em graça, de força em força, obtendo uma vitória espiritual após outra. FD 147 1 Apegue-se a Cristo, e Ele lhe dará Seu forte braço como apoio. Há uma coroa da vida para o vencedor. FD 147 2 União íntima com Cristo significa cumprir as palavras de Cristo. Ele chama essa união de prolongamento do Seu amor. Então o coração estará em harmonia com Deus. Confie nas promessas, cumprindo cada pequeno dever fielmente, como para Deus. "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor". João 15:10. Aqui há submissão e dependência. FD 147 3 Você possui um forte Ajudador e, enquanto tiver plena confiança, estará segura. O broto sem seiva, enxertado na videira viva, participa da mesma nutrição da vinha, e torna-se ramo. A mais íntima relação possível entre o pecador e o Salvador é vista quando o pecador é praticante da Palavra de Deus. Então o coração, a vontade e a mente estarão em íntima união com Cristo. Mediante a fé, a humanidade finita, débil, impotente une a sua fragilidade à Sua força. Essa união -- [mostrando] inteira confiança e amor -- é uma necessidade em função de nosso desamparo e dependência. FD 147 4 Cristo morreu morte vergonhosa para que pudesse levar-nos a Deus. Quando a pessoa é persuadida de que Cristo é capaz de salvar totalmente os que se achegam a Ele, quando se entrega inteiramente a Ele como todo-suficiente Salvador, quando se apega às promessas feitas e crê plenamente em Jesus, é declarada por Deus uma com Cristo. Uma pessoa que depende de Cristo com a simplicidade com que uma criança depende de sua mãe, é justificada, pois se torna uma com o Substituto, que é Justificação e Redenção. Aí existe amor, pois o coração e a vontade estão ligados a Cristo Jesus. FD 147 5 Que diz nosso Salvador? "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros". João 14:18. "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele". V. 21. Quando as provações obscurecem a alma, lembre-se das palavras de Cristo, lembre-se de que Ele é uma presença invisível na pessoa do Espírito Santo, e Ele será a paz e o conforto que lhe são dados, manifestando-lhe que Ele está com você, o Sol da Justiça, expulsando suas trevas. "Se alguém Me ama," disse Cristo, "guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para Ele e faremos nEle morada". V. 23. Tenha bom ânimo; a luz virá e sua alma se regozijará grandemente no Senhor. -- Carta 124, 1897. Manter-se firme sob circunstâncias difíceis FD 147 6 Novamente, no dia 5 de Outubro de 1898, a Sra. White escreveu para a Irmã Wessels, encorajando-a a ter fé e a permanecer unida ao Senhor. Querida irmã Wessels: FD 148 1 Sinto profundo interesse pela irmã, seu esposo e seus filhos. Agradeço ao meu Pai celestial porque lhe deu a graça de conservar firme a fé sob circunstâncias muito difíceis. Mas, minha irmã, não deixe de confiar por um momento no seu Pai celestial. Que seu coração confie em Deus. Coloque nEle a sua confiança. Sua mão a sustém e, se você habita em Cristo, crescerá cada vez mais em força. Prosseguindo em conhecer o Senhor, saberá que Suas saídas são preparadas como a manhã. FD 148 2 O conhecimento da verdade está ligado à posse daquela fé que opera pelo amor e purifica a alma. Se continuar a confiar em Deus, receberá as mais preciosas bênçãos em cada momento de necessidade. O Senhor vê, o Senhor sabe quanto você necessita de Sua graça. Você pode depender dEle. Sua mediação está assegurada na Sua promessa, no Seu compromisso eterno. "Aos que me honram," diz Ele, "honrarei". 1 Samuel 2:30. O Senhor recompensará sua singela fé e confiança nEle. Não precisa desconfiar da Palavra de Deus em nenhum momento. Você já provou a promessa de Deus. Sentiu Sua mão a lhe sustentar. O Senhor ouvirá suas orações. -- Carta 82, 1898. Convidar o suavizante e subjugante espírito de Deus para conciliar diferenças FD 148 3 Trecho de uma longa carta escrita para a Sra. Mary Nelson, no dia 19 de Março de 1902. Ellen White procurou dar à família Nelson conselhos que a unissem novamente. FD 148 4 Seus filhos precisam de um pai, você precisa de um esposo e seu esposo precisa de uma esposa. Você precisa do auxílio do seu esposo, e ambos necessitam do auxílio do Salvador. Os dois devem cultivar a fé. Seus filhos necessitam de um pai que tome o jugo de Cristo, que submeta sua vontade à vontade de Deus, para ser moldado e modelado pela mão divina. FD 148 5 Meu irmão, minha irmã, por algum tempo vocês não têm vivido juntos. Não deviam ter seguido esse caminho, e não o teriam, se tivessem ambos cultivado a paciência, a bondade, a tolerância que devem existir entre marido e mulher. Nenhum de nós devia impor a própria vontade e procurar executar as próprias idéias e planos sejam quais forem as conseqüências. Nenhum dos dois devia estar determinado a fazer o que melhor lhe aprouver. Deixem que a suavizante, subjugante influência do Espírito de Deus opere em seu coração e os capacite para a obra de educar os filhos. Sua obra, diante de Deus, é formar e modelar-lhes o caráter. Para apoderar-se da força e do poder que só o Senhor pode dar, devem exercer fé. Apelem ao Pai celestial para que os livre de render à tentação de falar de maneira dura, voluntariosa, impaciente um ao outro -- o marido à esposa, e esta ao marido. Ambos têm caráter imperfeito. Como não se colocaram sob o controle de Deus, sua conduta de um para com o outro não tem sido sábia. FD 149 1 Suplico-lhes que se coloquem sob o controle de Deus. Quando tentados a falar de maneira provocante, procurem nada dizer. Serão tentados neste ponto, porque nunca venceram esse objetável traço de caráter. Mas todo mau hábito deve ser vencido. Façam completa entrega a Deus. Caiam sobre a Rocha, Cristo Jesus. Como marido e mulher, disciplinem-se. Não deixem de ir a Cristo em busca de auxílio. Ele de boa vontade lhes suprirá com Sua divina simpatia, Sua livre graça. O Lar Adventista, 342, 343. Aquele que por trinta anos foi um filho fiel, trabalhando no ofício de carpinteiro a fim de fazer Sua parte em levar as responsabilidades da família, dará a Seus seguidores forças para cumprirem sua parte em levar os fardos da vida doméstica. FD 149 2 Minha irmã, Cristo lhes confiou a sagrada obra de ensinar aos filhos os Seus mandamentos. Para ser habilitada para tal obra, você deve viver em obediência a todos os Seus preceitos. Cultive vigilante cuidado de cada palavra e ação, guarde com a máxima diligência as suas palavras. Vença toda a precipitação temperamental; pois a impaciência, uma vez manifesta, ajudará o adversário a tornar a vida do lar desagradável e enfadonha para os filhos. -- Orientação da Criança, 68. FD 149 3 Todos somos propriedade do Senhor Jesus. Ele deu a vida como resgate para redimir-nos. Mediante a Sua dádiva, toda a família pode ser salva -- pai, mãe e filhos. Minha irmã, negligenciará você os deveres domésticos ao não exercer a força de vontade que Deus lhe deu, num esforço por ajudar seus filhos? Em nome do Senhor, exorto-a a fazer todo esforço, com o auxílio do seu esposo, para salvar seus filhos. FD 149 4 Sobre cada um, como pais, repousa igual responsabilidade de guardar cada palavra e ato, para que nem suas palavras nem sua conduta os desacreditem na avaliação dos filhos. Tragam para dentro de casa toda afabilidade, conforto e alegria que puderem. FD 149 5 Querido irmão e querida irmã Nelson, arrependam-se diante de Deus pela sua conduta passada. Entrem em acordo, e reconciliem-se como esposo e esposa. Lancem para longe a infeliz, desagradável experiência de sua vida passada. Tomem coragem no Senhor. Fechem as janelas da alma para a terra, e abram-nas em direção ao Céu. Se elevarem a voz ao Céu em oração em busca de luz, o Senhor Jesus, que é luz e vida, paz e alegria, ouvirá seu clamor. Ele, o Sol da Justiça, resplandecerá nas recâmaras de sua mente, iluminando o templo da alma. Se saudarem o calor de Sua presença no lar, não proferirão palavras que gerem sentimentos de infelicidade. -- O Lar Adventista, 343. FD 149 6 Mary, rogo-lhe que pare e considere o quanto está contristando o Santo Espírito de Deus! Busque o Senhor de todo o seu coração, para que o Sol da justiça brilhe na sua alma e em você opere uma completa transformação, santificando cada palavra e ato. FD 150 1 Como gostaria de clamar em alta voz a cada mãe na Terra: "Santifique seu espírito mediante a graça que Cristo dá livremente àqueles que dEle pedem graça. Pratique a ternura. Manifeste um amor santificado por seus filhos. Tome interesse pela felicidade deles. Ensine-os a exercer bom senso. Faça com que conheçam a Deus e Seu propósito para eles. Torne atraente a religião de Jesus Cristo. Nunca ofenda ao Senhor Deus por meio de dissensão e deploráveis diferenças. Busque a mansidão e humildade de coração. Cultive o afeto." FD 150 2 Irmão e irmã Nelson, embora tenham discordado no passado, estão agora sob a solene obrigação perante Deus de fazer o melhor com a capacidade e faculdades que Ele lhes deu. Devem aproveitar toda oportunidade que têm para alcançar um padrão mais elevado. É propósito de Deus, transmitido a vocês por intermédio da irmã White, Sua serva, que olhem para Jesus e, contemplando-O, sejam transformados à Sua semelhança. O Senhor deseja que não mais sejam crianças na experiência cristã mas, pela participação na Sua graça, sejam completos nEle. Se aproveitarem a presente oportunidade de atingir uma experiência mais elevada, poderão se tornar fortes e completos em Cristo Jesus. FD 150 3 Irmão Nelson, tem você a disposição de abrandar e subjugar sua natureza? Você pode se tornar como Jesus e ser Seu missionário, Sua mão auxiliadora. Ele nunca o levou a ser autoritário, ditatorial e severo para com os membros da sua família e outros com quem se relaciona. Só se pode viver esta vida uma vez. Busque a suavidade e bondade de um caráter perfeito. O Senhor deseja que pratique a bondade e faça o bem. Podemos, individualmente, fazer da vida o que nos agrada. Se escolhemos, podemos honrar a Deus usando acertadamente o talento da fala. FD 150 4 Meu irmão, assuma o cuidado dos seus filhos. Nada resolverá censurá-los, pois receberam sua disposição como herança. Ao governá-los, seja firme, porém não arbitrário. Ao falar com eles, fale de modo a não criar um sentimento de obstinada resistência. FD 150 5 Irmão e irmã Nelson, o exemplo que vocês têm dado aos filhos não tem sido aquele que seria se fossem convertidos. Se fossem transformados pela graça de Cristo, demonstrariam que venceram o egoísmo e o desejo de impor sua vontade, de consultar suas inclinações naturais, e de fazer como lhes agrada. Agora é o tempo de mostrar que não vivem para agradar o eu. Tragam para o caráter a fragrância do caráter de Cristo. Coloquem de lado o espírito de repreensão, irritação e impaciência. Cultivem a pureza de linguagem. Orem e cantem para a glória de Deus. Permitam que a paz de Deus lhes governe o coração. -- Carta 47a, 1902. Namoro e casamento, um passo sério FD 151 1 A sobrinha-neta de Ellen White, Addie Walling, foi como filha para ela. Um primo distante de Addie, aparentemente, estava interessado em namorá-la. A Sra. White esboçou as razões de sua falta de entusiasmo quanto a esse relacionamento. FD 151 2 Depois de escrever a carta anterior, recebi a sua, que me aliviou um pouco, mas ainda estou um tanto preocupada. Refiro-me a Reuben [Tapley] -- espero que não haja ligação entre ambos. Eu ficaria muito triste se você o tivesse decididamente encorajado de alguma forma. Gosto de Reuben. Considero-o um rapaz de coração honesto, mas não alguém a quem desejaria entregar você em casamento, por várias razões. Uma é: ele é tuberculoso, de uma família de tísicos, e sei muito bem o que é ter que batalhar contra essa terrível doença. Sepultamos Nathaniel e Annie White com tuberculose. Sepultamos Lumen Masten, chefe do escritório, com tuberculose. Sepultamos Robert Harmon, meu irmão, com tuberculose. Sepultamos Sarah Belden com tuberculose. FD 151 3 No que diz respeito à saúde e felicidade, não sou a favor de que se una a alguém predisposto à tuberculose. A mãe dele escapou de morrer tuberculosa, e morreu por causa de um inchaço escrofuloso no lado. Ela não tem saúde, e está sujeita a morrer a qualquer momento. O pai da mãe dele, Samuel McCann, morreu de uma prolongada tuberculose, e minha irmã Harriet, sua esposa, foi contagiada por ele, e seu sofrimento foi extremo. Ela morreu. Sarah, a filha mais velha, morreu de tuberculose. Melville, o filho mais velho depois dela, morreu de tuberculose. Lucy Ellen, a seguir, morreu tísica. Mary, a seguinte, morreu de tuberculose, e apenas dois dos filhos vivem hoje. É o pior tipo de tuberculose, e sentimos profundamente a necessidade de cuidar dessa questão de unir nossos interesses com aqueles cujo sangue está contaminado com essa temível destruidora. FD 151 4 Assim que olhei para Reuben, soube que ele estava marcado. Ele não viverá por longo tempo. Seu pescoço fino, sua cabeça grande, contam a dolorosa história de que a vida dele é curta. Agora, Addie, há um lado ainda mais doloroso dessa questão. Embora tenham saúde frágil, somente um membro dessa grande família tinha inclinação religiosa; essa foi Sarah. Lucy Ellen não fez preparativos para o Céu antes de estar no leito de morte; então, com seu último suspiro, clamou por Deus. Melissa é religiosa. Recebeu toda a luz sobre o sábado, mas ainda não o guardou. Essa é a mãe de Reuben. Melville negligencia a religião tanto quanto Reuben. [Mas ele] não se opôs [a ela] quando estava morrendo. Seu último suspiro foi uma oração agonizante. Assim, também, May negligenciou entregar o coração a Deus até seus últimos e moribundos dias. FD 152 1 Bem, isso é pior para mim do que a temível doença da tuberculose. Mas eu não poderia consentir em que houvesse uma ligação entre você e Reuben. É justo e correto que desabafe francamente comigo sobre esse assunto de namoro e casamento, pois diz respeito à sua felicidade mais do que qualquer outro evento da sua vida, e aqui você precisa de conselho mais do que sobre qualquer outro ponto. Espero receber suas notícias com freqüência. -- Carta 95, 1886. Famílias FD 152 2 Famílias na terra, símbolos da família celestial -- Se os corações se mantivessem ternos em nossas famílias, se houvesse nobre e generosa deferência para com os gostos e as opiniões uns dos outros, se a esposa buscasse oportunidades para expressar seu amor pelos atos e suas cortesias para com o marido, e o marido manifestasse a mesma consideração e bondoso respeito à esposa, os filhos participariam do mesmo espírito. A influência impregnaria o lar, e quanta aflição seria poupada nas famílias! Os homens não sairiam do lar para buscar felicidade; e as mulheres não definhariam por falta de amor, nem perderiam o ânimo e o respeito próprio, tornando-se inválidas por toda a vida. Só nos é concedido um período de vida, e com cuidado, esforço e domínio-próprio ela pode tornar-se suportável, agradável e mesmo feliz. -- Darkness Before Dawn, 333. FD 152 3 A bondade torna o lar realmente aprazível -- Falarem os pais bondosamente aos filhos e elogiá-los quando procuram fazer o que é direito, pode encorajar-lhes os esforços e torná-los muito felizes, atraindo para o círculo da família um encanto que expulsará toda sombra e chamará a alegre claridade. Mútua bondade e paciência farão do lar um paraíso e atrairão os anjos para o círculo da família; mas eles fugirão da casa onde há palavras desagradáveis, rixas e atritos. Ausência de bondade, queixumes e ira expulsam Jesus do lar. -- O Lar Adventista, 421, 422. Hospitalidade FD 152 4 Um apelo por mais hospitalidade no lar -- Mesmo entre os que professam ser cristãos, a verdadeira hospitalidade é pouco exercida. Entre nosso próprio povo, a oportunidade de ser hospitaleiro não é considerada como deve ser, como um privilégio e uma bênção. Há positivamente muito pouca sociabilidade, muito pouca disposição de dar lugar para mais dois ou três à nossa mesa de família, sem embaraço ou ostentação. Alguns alegam ser "demasiado incômodo". Não o será se for dito: "Não fizemos nenhum preparativo especial, mas seja bem-vindo para participar do que temos." Para o hóspede inesperado, um bom acolhimento é muito mais apreciado do que a mais elaborada refeição. -- Testimonies for the Church 6:343. FD 153 1 Preparo para receber um hóspede inesperado -- Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isso não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família. FD 153 2 Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. -- A Ciência do Bom Viver, 322, 323. FD 153 3 Veja o Apêndice E. ------------------------Capítulo 18 -- A missão da mãe FD 154 1 No moldar devidamente o espírito de seus filhos, é confiada às mães a maior missão dada a mortais. -- Fundamentos da Educação Cristã, 252. FD 154 2 Formar a mente e moldar o caráter -- A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. Foi Joquebede, a hebréia que, fervorosa na fé, não temeu "o mandamento do rei" (Hebreus 11:23), a mãe de Moisés, libertador de Israel. Foi Ana, a mulher de oração e espírito abnegado, inspirada pelo Céu, que deu à luz Samuel, a criança divinamente instruída, juiz incorruptível, fundador das escolas sagradas de Israel. Foi Isabel, a parenta e especial amiga de Maria de Nazaré, que gerou o precursor do Messias. -- A Ciência do Bom Viver, 372. FD 154 3 O preparo da mãe não deve ser negligenciado -- A primeira professora da criança é a mãe. Nas mãos dela se acha em grande parte sua educação, durante o período de seu maior e mais rápido desenvolvimento. A mãe tem, em primeiro lugar, a oportunidade de moldar o caráter para o bem ou para o mal. Ela deve compreender o valor dessa sua oportunidade e, acima de qualquer outro educador, cumpre que esteja habilitada a dela fazer uso de modo a obter os melhores resultados. Não obstante, não há outrem para cujo preparo tão pouca atenção se dê. Aquela, cuja influência na educação é poderosíssima e de tão vasto alcance é quem recebe o menor esforço sistemático em seu auxílio. -- Educação, 275. FD 154 4 Ensinar os filhos a orar -- Meus irmãos e irmãs, rogo-lhes que criem seus filhos com simplicidade. Não ralhem com eles quando erram, mas levem-nos ao Senhor, contando-Lhe tudo. Quando se ajoelham diante de Deus com seus filhos, Cristo Se coloca ao seu lado e os anjos de Deus ao seu redor. Ensinem-nos a pedir que Deus lhes perdoe por terem sido rebeldes e impacientes. Criem os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Sejam homens e mulheres de oração. FD 154 5 Apoderemo-nos da natureza divina e escapemos da corrupção que, pela concupiscência, há no mundo. Então teremos a apólice de seguro da vida eterna, uma vida que se mede pela vida de Deus. E, quando os redimidos forem resgatados da Terra, a cidade de Deus se nos abrirá, e poderemos nos apresentar perante o Senhor, dizendo: "Eis-me aqui com os filhos que me deste." Então a harpa será colocada em nossas mãos, e nossa voz se levantará em cânticos de louvor a Deus e ao Cordeiro, por cujo grande sacrifício fomos feitos participantes de Sua natureza, e receberemos uma herança imortal no reino de Deus. -- Minha Consagração Hoje, 339. FD 155 1 Mães devem encorajar os filhos -- Sempre que a mãe possa dizer uma palavra de elogio aos filhos por motivo de sua boa conduta, deve ela dizê-la. Deve encorajá-los por palavras de aprovação e olhares expressivos de amor. Essas serão ao coração de uma criança como a luz do Sol, e levarão ao cultivo do respeito próprio e ao brio de caráter. -- Testimonies for the Church 3:532. FD 155 2 Ensinar aos filhos a importância de hábitos formados na infância -- Os filhos têm reivindicações que os pais devem reconhecer e respeitar. Eles têm direito a privilégios tais como educação e instrução que os farão membros úteis da sociedade, respeitados e amados aqui, e lhes darão aptidão moral para a sociedade do puro e santo porvir. Aos jovens deve ser ensinado que o seu bem-estar tanto presente como futuro depende, em grande medida, dos hábitos que formarem na infância e na juventude. Cedo devem ser acostumados à submissão, à abnegação e respeito pela felicidade de outros. Devem ser ensinados a subjugar o temperamento rude, a conter as palavras impulsivas, a manifestar invariável bondade, cortesia e domínio próprio. -- O Lar Adventista, 306, 307. FD 155 3 Pais e mães devem tornar a preocupação de sua vida que seus filhos possam tornar-se tão perfeitos no caráter quanto o permita o esforço humano combinado com o auxílio divino. Esta obra, com toda a sua importância e responsabilidade, eles aceitaram, desde que trouxeram filhos ao mundo. -- O Lar Adventista, 305. A fonte de forças da mãe FD 155 4 As mães devem buscar em Deus a força -- Se uma mulher volta-se para Deus em busca de força e conforto e em Seu temor procura cumprir seus deveres diários, conquistará o respeito e a confiança do marido e verá os filhos chegarem à maturidade como homens e mulheres honrados, com disposição moral para fazer o que é direito. Mas as mães que negligenciam as presentes oportunidades, e deixam sobre outros seus fardos e encargos, verificarão que suas responsabilidades permanecem as mesmas, e ceifarão em amargura o que semearam em descuido e negligência. Não existe acaso nesta vida; a colheita será determinada pelo caráter da semente semeada. -- O Lar Adventista, 250. FD 156 1 Jesus, o melhor amigo da mãe -- Se as mães fossem a Cristo mais freqüentemente e nEle confiassem mais plenamente, seu fardo seria mais leve, e elas encontrariam descanso para a sua alma. O Lar Adventista, 205. Jesus conhece o fardo de cada mãe. Ele é seu melhor amigo em toda emergência. Seus braços eternos a sustentam. Esse Salvador, cuja mãe lutou com a pobreza e privação, simpatiza com cada mãe em seu trabalho, e lhes ouve as orações sinceras. Esse Salvador, que empreendeu uma longa jornada com o propósito de aliviar o coração ansioso de uma mulher cananéia, fará o mesmo pela mãe aflita de hoje. Aquele que devolveu à viúva de Naim seu filho único, que estava sendo levado ao sepultamento, é hoje tocado pelo lamento da mãe enlutada. Aquele que chorou junto ao sepulcro de Lázaro, que perdoou a Maria Madalena, que na cruz Se lembrou das necessidades de Sua mãe, que após a ressurreição apareceu às mulheres que pranteavam, e as tornou Suas mensageiras, é hoje o melhor amigo da mulher, pronto para auxiliá-la em sua necessidade, se ela confiar nEle. -- The Signs of the Times, 20 de Agosto de 1902. Conselhos sábios para crianças FD 156 2 Addie e May Walling, filhas da sobrinha de Ellen White, moraram na casa da família White, e Ellen foi como mãe para elas. Cuidou delas e as aconselhou como se fossem suas filhas. As meninas tinham 12 e 15 anos, na época em que esta carta foi escrita. Queridas filhas, Addie e May: FD 156 3 Tenho alguns minutos hoje de manhã e lhes escreverei umas poucas palavras de conselho. Na minha ausência, quero que sejam bondosas e corteses com todos os que trabalham na minha casa. Nenhuma de vocês [deve] achar que tem experiência e sabedoria para fazer as coisas corretamente sem conselho dos mais velhos. Tenho observado, em vocês duas, falta de respeito para com os que são mais velhos. Se houver condescendência com esse defeito de caráter, ele se confirmará e se tornará mais forte a cada condescendência. Portanto, subjuguem-no, controlem-no e vençam-no completamente [...] FD 156 4 Vejo, Addie, mais especialmente em você, uma disposição crescente para o ciúme. O ciúme, dizem as Escrituras, é "duro como a sepultura". Cânticos 8:6. Você pode perguntar: "O que é o ciúme?" É isto: pensar que aqueles que a rodeiam não a consideram o suficiente e não apreciam o seu valor. Você imagina que falam de você e dizem de você coisas que não são corretas. Acha que os outros são favorecidos, e você não. Muitos desses sentimentos são produto do ciúme. FD 156 5 Bem, Addie, sei que você quer ser cristã, uma filha de Deus. E se tiver êxito, terá batalhas a travar com suas imperfeições naturais. Você precisa estar atenta a esses defeitos e guerrear contra eles com toda a sua energia. Jesus a ama, Ele morreu por vocês, minhas meninas, Addie e May, e FD 157 1 deseja que tenham o Seu espírito e Sua graça para que verdadeiramente sejam Suas ovelhinhas, Suas queridas filhas. Vocês carecem da graça de Jesus para subjugar todo desagradável traço de caráter, a fim de que sejam aprovadas por Jesus e os anjos. FD 157 2 Addie, observo que você fica atenta para escutar o que os outros dizem, achando que possam dizer algo a seu respeito. Não faça mais isso. Você deve vencer isso imediatamente. Sua mãe fazia o mesmo quando era menina, e imaginava que era menosprezada, censurada e rejeitada, e esse ciúme cresceu dentro dela até depois do casamento. Ela tornou a vida do seu pai muito desagradável. Para o seu bem, recomendo que você corte esse mal pela raiz. FD 157 3 Vejo em você, ainda, a disposição de dar ordens a May e aborrecê-la. Isso está crescendo dentro de você. Trate May com bondade, faça seus pedidos com paciência, não como se estivesse mandando, mas como uma irmã deve tratar outra. Ninguém gostará de você, a menos que cuide bem dessas coisas. FD 157 4 Vocês duas têm muitas coisas na sua inclinação natural que devem ser vencidas. Precisam enxergar essas coisas e depois verão como as desprezam nos outros, e evitem-nas vocês mesmas. Vocês podem crescer com um caráter amável, com um coração bondoso, gentil, manso e humilde, ou podem crescer impertinentes, rabugentas, indelicadas, auto-suficientes, considerando-se acima do que deveriam. Leiam na Bíblia quais são os frutos produzidos pela árvore cristã e depois leiam o fruto produzido pela árvore má. Uma é boa, a outra é corrupta. Agora não tenho tempo de escrever mais, porém conheço seus defeitos de caráter. O Senhor a quem amo tem-me mostrado, e a vocês, em Sua Santa Palavra, que vocês podem ser filhas Suas, mas necessitam de Sua graça diariamente para vencer seus erros de caráter. FD 157 5 Todas essas coisas que mencionei, ou mesmo uma delas, se não for vencida, as excluirão do Céu, pois nada pode lá entrar que não seja puro e santo. Desejo que nosso cuidado por vocês, minhas filhas, não sejam em vão. Quero que sejam felizes no belo mundo que Jesus preparou para aqueles que O amam e procuram ser como Ele no caráter. FD 157 6 Não negligenciem esta questão. Levem-na a sério; batalhem com todas as forças contra tudo o que for desagradável no caráter. Vocês mesmas serão mais felizes por isso; farão felizes os outros ao seu redor e vocês podem, pelas palavras e um procedimento correto, mostrar que estão copiando o Modelo, formando o caráter de acordo com o caráter de Cristo. FD 157 7 May, querida filha, não quero que trabalhe demais, mas que seja prestativa e assuma sua parte de responsabilidade. Aqueles que trabalham somente quando são compelidos a fazê-lo serão indignos. Você pode trabalhar com alegria, sem esperar que a mandem. Seja fiel nas pequenas coisas, e então será fácil ser fiel nas maiores. Lembre-se de que há tarefas FD 158 1 para realizar [que são] tão importantes para aperfeiçoar sua experiência quanto os deveres que os mais velhos precisam cumprir para aperfeiçoar sua experiência. Faça o seu trabalho, não como se fosse um fardo, mas um prazer, como se fosse feito para Jesus. Seu Salvador foi uma criança obediente, trabalhando com Seu pai no simples ofício de carpinteiro. Você precisa comer e beber a fim de viver, e então, como resultado natural, a louça precisa ser lavada e o chão varrido, quando você mora numa casa. FD 158 2 Desempenhe sua parte com fidelidade, fazendo seu trabalho para Jesus. Posso escrever-lhes de novo. Quero que as duas se esforcem para distinguir-se e ter o adorno de um espírito manso e quieto, que à vista de Deus tem grande valor. [...] FD 158 3 Bem, adeus, minhas queridas meninas. Sejam bondosas; respeitem os outros que são mais velhos que vocês. -- Carta 3, 1881. Responsabilidade dos filhos quanto a cuidar da mãe idosa FD 158 4 Mary Chase era irmã de Tiago White. Durante a vida de Tiago, ele e Ellen cuidaram dessa irmã. Depois que Tiago morreu, Ellen White achou que não conseguiria continuar com a responsabilidade. Escreveu para a filha de Mary, Adeline Savage, desafiando-a a cumprir seu dever de cuidar da mãe. Querida sobrinha, Adeline Savage: FD 158 5 Acho que você deve saber como está sua mãe [Mary Chase] no momento. Está muito fraca. Tem necessitado de cuidados constantes. Possivelmente, não terei condições de continuar cuidando dela. FD 158 6 Hoje saímos de Battle Creek para Otsego. Na próxima semana, espero, estarei em Chicago. No dia oito, devemos começar a longa jornada para a Califórnia. Fico triste por deixar sua mãe na sua presente condição de fraqueza. Proporciono a ela o melhor que posso. Comprei uma casa, que me custou mil dólares, e a mobilhei de modo simples, com os artigos necessários para uso dela. Deixamos uma família na casa -- mãe, filho e filha. Eles têm direito a morar na casa em troca do cuidado para com sua mãe. Eu pago as despesas. Ano passado, sua mãe pagou as despesas, mas houve um acidente ao fazer fogo no fogão. O piso pegou fogo e me couberam setenta e cinco dólares pelos reparos. FD 158 7 O filho da senhora viúva que ocupa a casa está doente há cinco semanas. Durante esse tempo, sua mãe tem estado enferma, atendida por um médico e às vezes uma enfermeira, pois não recebe atendimento de ninguém da casa. Depois de muito pedir, fizeram fogo pela manhã, para que sua mãe tivesse um cômodo quentinho no qual levantar-se, porém mais do que isso não puderam fazer. FD 158 8 Se precisa de enfermeira, precisa arranjá-la. Ela tem apenas trezentos dólares, que se desfarão muito em breve. Ela precisa de roupa. Precisa de FD 159 1 lenha. Tenho feito tudo o que posso, e mais do que deveria. Espero que vocês, filhos e netos, façam a sua parte. Na realidade, sinto-me mal diante do presente estado de coisas, e porque mãos de estranhos tenham que fazer por sua mãe os deveres que com justiça cabem a vocês. Quando vizinhos e amigos perguntam: "Ela não tem filhos que cuidem dela?" é muito embaraçoso responder: "Ela tem dois filhos e uma filha, netos e irmãos." Então se faz a pergunta: "Por que os filhos não cuidam da mãe idosa, em sua fragilidade?" Não sou capaz de responder a essa pergunta, mas talvez você possa. FD 159 2 Tenho meu trabalho, que é falar e escrever. Estou em atividade constante e não devia pesar sobre meus ombros nenhum cuidado quanto à sua mãe. Investi vinte e cinco dólares em roupas porque sua mãe precisava delas. Encomendei lenha para o inverno, porque fui informada de que no inverno passado ela permanecia horas na cama durante o dia, para economizar lenha. O pouco dinheiro que ela tem disponível, fica relutando em usar, achando que pode adoecer por algum tempo como a mãe dela, e teme empobrecer. Não posso censurá-la por isso, pois, a julgar pelo passado, ela sente que simplesmente não pode depender dos filhos. FD 159 3 Sua mãe tem sido muito econômica. Não a deixarei sofrendo se você não fizer nada, mas se sua consciência estiver decidida quanto a essa questão, se deseja que no futuro seu registro permaneça no juízo como tem sido no passado acerca de sua pobre e velha mãe, não posso impedir. Mas Deus anota essa insensível negligência. FD 159 4 Deus considera os filhos dela responsáveis por esse dever negligenciado. Lamento, lamento muito que a questão seja assim. FD 159 5 Cristo julgará cada pessoa segundo suas obras. Ele identifica Seu interesse com Seus filhos sofredores e negligenciados. Ele diz a uma classe: "Tive fome, e não Me destes de comer; tive sede, e não Me destes de beber; sendo estrangeiro, não Me recolhestes; estando nu, não Me vestistes; e estando enfermo e na prisão, não Me visitastes. [...] Então, lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim". Mateus 25:42, 45. Beneficência Social, 39, 40. É pronunciada a terrível expressão "Apartai-vos." FD 159 6 Para aqueles à Sua direita, Ele diz: "Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me". Mateus 25:35, 36. Faz-se a pergunta: "Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar?" V. 37-39. Ele diz: "Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes". V. 40. Portanto, aquilo que se faz a seus necessitados irmãos, Cristo considera como tendo sido feito a Ele mesmo. -- Carta 30, 1884. ------------------------Capítulo 19 -- Desafios da maternidade FD 160 1 Ellen White fez muitas declarações bonitas acerca do valor da família, dos filhos e do lar. Reconheceu plenamente sua importância. Ao mesmo tempo, reconheceu também que os jovens que pensam em casar-se devem considerar tudo o que está envolvido na decisão de ter filhos e criá-los para se tornarem tudo o que Deus e os pais gostariam que fossem. FD 160 2 Conselho relativo à paternidade -- Os que assumem as responsabilidades da paternidade devem considerar primeiro se conseguirão cercar seus filhos de influências apropriadas. O lar é tanto uma igreja de família como uma escola de família. A atmosfera do lar deve ser tão espiritual que todos os membros da família, pais e filhos, sejam abençoados e fortalecidos por sua associação uns com os outros. [...] FD 160 3 Muitos, porém, que entram na relação matrimonial não conseguem compreender todas as sagradas responsabilidades abrangidas pela maternidade. Lamentavelmente, muitos carecem de autoridade disciplinar. Em muitos lares há bem pouca disciplina, e as crianças têm permissão para fazer o que bem entendem. Tais crianças vagueiam duma parte para a outra; não há ninguém no lar que seja capaz de guiá-las corretamente, ninguém que, com bastante tato, possa ensinar-lhes como ajudar o pai e a mãe, ninguém que consiga lançar devidamente o fundamento que sirva de base para sua educação no futuro. As crianças que estão cercadas por essas condições infelizes realmente são dignas de lástima. Se não lhes for concedida uma oportunidade para adequado preparo fora do lar, ficarão privadas de muitos privilégios que, por direito, toda criança deve desfrutar. Essa é a luz que me foi apresentada. FD 160 4 Os que são incapazes de instruir corretamente seus filhos nunca deviam ter assumido as responsabilidades de ser pais. Por causa de seu julgamento errôneo, não havemos de fazer, porém, nenhum esforço para ajudar seus pequeninos a formarem caráter correto? Deus deseja que lidemos sensatamente com esses problemas. -- Mensagens Escolhidas 3:214, 215. FD 160 5 Cuidado ao assumir as responsabilidades da paternidade -- Eles [os pais] precisam compreender os princípios que fundamentam o cuidado e a educação das crianças. Devem ser capazes de criá-las sadias física, espiritual e moralmente. Os pais devem estudar as leis da natureza. Cumpre-lhes FD 161 1 familiarizar-se com o organismo humano. Devem conhecer as funções dos vários órgãos, suas relações e dependências mútuas. Devem estudar a relação entre as faculdades mentais e físicas, e as condições exigidas para a ação saudável de cada uma delas. Assumir as responsabilidades da paternidade sem esse preparo é um pecado. -- A Ciência do Bom Viver, 380. FD 161 2 As mulheres devem usar as habilidades concedidas por Deus em sua obra -- Tenho recebido várias cartas pedindo meu conselho quanto à questão: A esposa de um ministro deve adotar bebês? Meu conselho seria que fizesse esse tipo de trabalho? Para algumas que encaravam esse assunto favoravelmente, respondi: Não. Deus deseja que você auxilie seu esposo na obra dele. O Senhor não lhe deu filhos para serem seus; Sua sabedoria não deve ser questionada. Ele sabe o que é melhor. Consagre suas faculdades a Deus, como obreira cristã. Você pode ajudar seu esposo de muitas maneiras. FD 161 3 Pode apoiá-lo em sua obra trabalhando para ele, progredindo em seu intelecto. Usando a capacidade que Deus lhe deu, pode ser uma administradora do lar. E, mais do que isso, pode ajudar a dar a mensagem. FD 161 4 Há mulheres que devem trabalhar no ministério evangélico. Em muitos aspectos elas fariam melhor do que os pastores que negligenciam visitar o rebanho de Deus. Evangelismo, 472. Marido e esposa podem unir-se nessa obra e, quando for possível, devem fazê-lo. O caminho está aberto para mulheres consagradas. Mas o inimigo se agrada de fazer com que mulheres a quem Deus poderia usar para auxiliar centenas, limitem seu tempo e forças a um pequeno e indefeso mortal, que requer constante cuidado e atenção. -- Manuscript Releases 5:325, 326. Traços de caráter são transmitidos aos filhos FD 161 5 O seguinte conselho foi dado ao pastor e Sra. E. P. Daniels, em 1888, acerca da criação dos filhos. O pastor Daniels era um preeminente ministro e seus filhos constituíam um tópico de discussão. Ellen White julgou ser seu dever lembrar novamente ao pastor e Sra. Daniels que não estavam criando os filhos no temor de Deus. E. P. Daniels não deve ser confundido com A. G. Daniells. FD 161 6 Durante anos, têm-lhes sido enviados testemunhos quanto à questão da economia e do sábio uso dos recursos, mas nem o pastor, nem sua esposa, fizeram mudanças decididas em seu procedimento. Amam a ostentação; amam a indulgência com o apetite; gostam de gratificar o paladar. Esses mesmos traços de caráter são reproduzidos em seus filhos, e colherão aquilo que semearam. Jamais haverá salários suficientes em pagamento de seu trabalho para mantê-los na indulgência com hábitos extravagantes e perdulários. Por que não aprendem daqueles irmãos que se mantêm e às suas famílias confortavelmente, com menos dinheiro do que FD 162 1 o que vocês recebem? A razão pela qual se encontram em circunstâncias embaraçosas não é que o salário não seja suficiente, mas [porque] não administram os recursos de modo a evitar constrangimento. Se recebessem vinte dólares por semana, ainda reclamariam de pressão financeira. FD 162 2 Em Healdsburg, o Senhor operou por seu intermédio, não porque fosse perfeito, mas apesar de suas imperfeições. O eu se misturava ao trabalho. Quando perceberam que o espírito e o poder de Deus atuavam entre o povo, se você tivesse se humilhado, se tivesse andado cuidadosa e ternamente perante Deus, sentindo sua indignidade e ao mesmo tempo a bondade divina, a influência que deixou em Healdsburg teria sido muito melhor do que é agora. Você atribui todo o embaraço financeiro às circunstâncias. FD 162 3 Você até pode falar bem sobre a educação de filhos. Sua esposa, a quem amo e respeito no Senhor, seria uma excelente palestrante a esse respeito. Mas a prática de vocês contradiz os excelentes princípios que você apresenta. Ela não põe em prática seus ensinos. Quando seus costumes são vistos e reveladas as práticas da vida doméstica, as pessoas ficam confusas e desgostosas. Vocês não estão criando os filhos para a vida produtiva, para praticar a abnegação e andar no caminho do Senhor. Por que se mostram tão indecisos no propósito, tão débeis na ação, tão vacilantes quanto ao princípio, tão fracos na fé? FD 162 4 Essas coisas são um mistério para quem tem a oportunidade de conhecê-lo no púlpito e em casa. Pastor Daniels, essas pessoas o notam, num dia, forte e confiante; no dia seguinte, a mudança é completa. Você afirma com veemência coisas exatamente opostas àquilo que afirmou com igual ênfase no dia anterior. [...] FD 162 5 Quando me foi mostrada a grande necessidade de reforma na educação e criação de seus filhos, enchi-me de uma dor que não posso expressar, porque vi que você não desempenhou sua parte em motivar os filhos a darem o melhor de si. É necessária a atuação do Espírito de Deus em seu coração, pois princípios corretos não estão governando sua vida. Se você estivesse bem com Deus, não estaria fazendo o que faz com relação aos filhos; não daria um exemplo como esse. É necessário depender muito menos do eu e muito mais de Jesus. Se vocês estivessem intimamente ligados a Deus, dirigiriam os filhos com sabedoria. FD 162 6 Zua [filha de Daniels] é impulsiva; carece de experiência na direção certa; precisa ser guiada e restringida, em vez de mimada e lisonjeada. Se vocês tivessem discernimento, se a mente de vocês estivesse imbuída com o santificador poder da verdade, não teriam necessidade de conselho relativo ao fato de ela freqüentar o Seminário Snell. Se lhes perguntassem a respeito da filha de outro casal, saberiam exatamente que rumo os pais deviam tomar com relação à educação de sua filha. Vocês estão colocado barreiras no caminho da salvação de Zua, pelo fato de estarem escolhendo suas amizades entre os fúteis, os orgulhosos, os descrentes. [...] FD 163 1 Irmã Daniels, você não tem cumprido suas solenes responsabilidades como mãe [...] ao ajudar a filha a enganar o pai a respeito do seu vestuário e despesas. Os dois estão enganados e desencaminhados com falsas idéias acerca da criação dos filhos. Precisam ser completamente transformados pela graça de Cristo, a fim de poderem ensinar aos filhos, por preceito e exemplo, o caminho bom e reto. Zua é cheia de afetação e ilusão. É superficial em quase todas as suas ações. Sua vida escolar lhe deu um polimento exterior, mas o coração não foi renovado, pois ela não tem amor a Deus, nem amor ao relacionamento com cristãos. Encontra-se nas fileiras do inimigo e, se morresse hoje, não entraria no reino do Céu. FD 163 2 Paul [o filho] não está em melhor condição, e sua filha mais nova está longe de ter um belo caráter. Sua criação foi defeituosa em todos os sentidos. Que o Senhor tenha misericórdia de todos, para que não percam a salvação nem a de seus filhos. [...] FD 163 3 Paul é um rapaz que tem boas qualidades, bem como traços objetáveis de caráter, que têm sido cultivados e permitidos, em vez de restringidos. Não lhe foi ensinado a respeito da pecaminosidade de uma inclinação mal-humorada e obstinada, nem foi firmemente corrigido quanto a esse mal crescente. Até mesmo na expressão do seu semblante a sua indulgência está deixando a marca. As impressões causadas na juventude são mais duradouras, e cedo na vida é o melhor momento de cultivar hábitos corretos. FD 163 4 Paul tem sido estimulado a ser exigente e discriminador quanto ao regime alimentar. Ao contrário, deveriam colocar diante dele o alimento sem jamais permitir que o rejeite com desdém, querendo algo que não foi providenciado. Ele pode cultivar esses hábitos exigentes acerca de seu regime até se tornar desagradável a si mesmo e a todos os que com ele se relacionam. Se fosse obrigado a trabalhar na proporção de suas forças, a fome lhe daria o tempero para o alimento e removeria suas murmurações. Medidas decididas devem ser tomadas nessa questão. Amo seu filho; ele pode ser moldado da maneira certa, pois, se devidamente criado, reagirá depois de algum tempo. [...] FD 163 5 Dê a seu menino algo para fazer. Ensine-o a ser trabalhador. Ele, por natureza, não tem amor ao trabalho; ama a indolência e busca esquivar-se da responsabilidade. Se desejam que os filhos lhes sejam uma bênção, precisam ensiná-los a serem úteis e abnegados. Restrinjam suas leituras. Não devem ter permissão de folhear as páginas de romances ou livros de histórias cheios de episódios de cobiça e desonestidade, pois não deixarão uma influência celestial sobre sua mente. Eles são jovens e inexperientes, e serão exatamente aquilo para o que forem direcionados. Todos esses hábitos de leitura cortarão pela raiz os princípios de virtude que entram na formação de um caráter bom e firme. Ler romances é como tomar veneno e, mais cedo ou mais tarde, revelará seus amargos resultados. FD 164 1 A marca para o bem ou para o mal deixada no caráter dos filhos não é escrita na areia, mas como que gravada na rocha permanente. Suas amizades terão que ser vigiadas, pois o que se aprende das palavras e hábitos dos companheiros moldará toda a vida posterior. As companhias que seus filhos têm, os princípios que agora adotam [e] os hábitos que agora formam estão fixando o destino de seu futuro com certeza quase infalível. FD 164 2 Até aqui, o que eu lhes disse não deixou impressão duradoura, mas ainda resta uma oportunidade. Caso contrário, receio muito que vocês se afastem da fé. [...] FD 164 3 Que o Senhor lhes dê tão claras visões de Jesus que sua alma seja cativada. Confio estas singelas palavras a ambos, para dizer-lhes que a metade de sua utilidade é neutralizada por defeitos que podem e devem vencer. Façam uma obra para a eternidade, com a aprovação de Deus. FD 164 4 Pastor Daniels, sou sua amiga porque lhe digo a verdade. Você está envolvido numa solene obra e desejo que, como embaixador de Cristo, não fracasse, mas dê plena prova do seu ministério. Ore muito, meu irmão; e fale menos. Ore para que seja dotado da sabedoria e coragem necessárias para realizar a obra, seja ela qual for. Diga diante de Deus: "Cumprirei meu dever com vistas tão-somente para a Tua glória". -- Carta 10, 1888. Ensinar os filhos a formar bons hábitos FD 164 5 Escrita para Mary Nelson, no dia 19 de Março de 1902, dando conselhos sobre a educação e o desenvolvimento de seus filhos. Querida irmã Mary Nelson: FD 164 6 Como cristã, você tem deveres a cumprir que estão sendo deixados de lado. Você não está dando a seus filhos a educação de que necessitam. Sua disposição é tal que não está moldando e formando seu caráter segundo a divina semelhança. É tão necessário abrandar seu temperamento quanto o do seu esposo. Sua aspereza na voz e disposição desagradável devem ser inteiramente vencidas. Embora mãe, você ainda não aprendeu as lições de autocontrole. Deve cultivar traços gentis de caráter. Você pode e deve cultivar uma disposição branda. Não se demore, pois seus hábitos estão-se tornando fixos. FD 164 7 Você governa, mas não com amor. Que educação inadequada estão recebendo seus filhos! Não é correto que crie os membros mais jovens da família do Senhor da maneira como está criando seus filhos. FD 164 8 Deve ensiná-los a formar bons hábitos. Vai você impedir que se tornem úteis no futuro, negligenciando criá-los, como devia, em hábitos de limpeza e ordem? Por que não ensiná-los com paciência, ajudando-os sempre a manter o quarto e as roupas em ordem? FD 164 9 Irritá-los e repreendê-los não ajudará a reformar seus filhos. Ao governá-los, deve exercer firmeza; mas, com isso, deve-se misturar a bondade. FD 165 1 Ensine-os diligentemente a ser cristãos. Jamais erga a voz com impaciência; nunca dê uma palmada com raiva, pois isso, em lugar de corrigir-lhes as faltas, vai confirmá-los na direção errada. Lembre-se de que eles herdaram as tendências dos pais. Agora é preciso ver nos filhos os seus próprios defeitos de caráter. Lembre-se de que, ao falar asperamente, estará dando um exemplo que eles aprenderão a imitar. Mais cedo ou mais tarde, agirão com você da mesma forma áspera como você tem agido para com eles, porque na vida doméstica lhes tem dado um exemplo errado. FD 165 2 Não seria este o momento de assumir seus deveres negligenciados, tentar agradar seu esposo e educar corretamente seus filhos? Minha irmã, a melhor coisa que você tem a fazer é confessar seus erros ao seu esposo e filhos. Diga às crianças que o espírito rude, áspero que você tem cultivado é contrário ao de Cristo. Diga, então: "Filhos, pela força e graça que Cristo nos dá, agora faremos uma decidida mudança." Peça-lhes que a ajudem. Prometa que os ajudará. FD 165 3 Cristo está pronto a ensinar pais e mães a serem verdadeiros educadores. Os que aprendem em Sua escola jamais baterão com raiva numa criança. Nunca falarão em tom áspero e antipático; pois as palavras enunciadas dessa maneira ofendem ao ouvido, esgotam os nervos, causam sofrimento mental e criam um estado de espírito que torna impossível sujeitar a índole da criança a quem tais palavras são dirigidas. [...] Freqüentemente essa é a razão de as crianças falarem desrespeitosamente aos pais. -- Orientação da Criança, 282. FD 165 4 Lembre-se de que as crianças têm direitos que devem ser respeitados. O Lar Adventista, 306. Sua vontade própria é muito forte. Você tem transmitido esse traço de caráter aos filhos. Pode-se andar ocupada da manhã à noite, e ainda deixar de fazer a obra que Deus designou. Você precisa desempenhar a parte de uma mãe, ao guiar e educar seu pequeno rebanho. [...] FD 165 5 Minha querida irmã, você carece do auxílio divino. Precisa tomar o jugo de Cristo antes de poder ensinar devidamente aos filhos que devem entregar o coração a Jesus. Para que esteja capacitada a realizar essa obra, busque a bênção especial de Deus. Permita que o Espírito Santo habite no seu coração, fazendo dele uma fonte de amor e alegria. Ore fervorosamente por um espírito manso e quieto. No espírito de mansidão, busque diariamente a bênção de Deus. Se receber bênçãos do alto cada dia, é certo que será revigorada e repartirá com seus filhos aquilo que recebeu. E, à medida que suas tendências e caráter se transformam, exercerá influência benéfica sobre as tendências e o caráter dos seus filhos. -- Carta 47a, 1902. Os pais podem ser demasiado indulgentes FD 165 6 Em 1871, Ellen White escreveu aos seus amigos, irmão e irmã Bailey, acerca da condescendência deles com os filhos. Queridos amigos, irmão e irmã Bailey: FD 166 1 Tenho sentido ser minha obrigação escrever-lhes, já que tenho escrito a outros as coisas que me são reveladas a seu respeito. Tenho algumas coisas para escrever-lhes, mas não me sentia livre para fazê-lo, até agora. Se uma oportunidade favorável se apresentasse em seu lar, eu lhes teria falado para tranqüilizar meu espírito. Desde a minha volta para casa, não me sinto à vontade, a menos que lhes escreva. FD 166 2 Tenho escrito muito a respeito dos erros de pais na instrução devida a seus filhos e também sobre os seus resultados. Seu procedimento foi exposto perante mim. Ambos têm sido demasiadamente tolerantes com os filhos. Não conseguem perceber os perigos e erros nem assumir a posição que deveriam dentro da família, para colocar ordem em sua casa. FD 166 3 Deus, em Sua grande misericórdia, expôs a verdade para seu conhecimento. Vocês amam a verdade. Têm visto o que ela pede de vocês. Ela operou uma reforma na vida e os levou a ter profundo interesse no bem-estar espiritual dos filhos. Tudo isso está de acordo com o Espírito de Deus. Mas, embora se sintam assim ansiosos, estão fracassando seriamente em realizar a obra que o Senhor deixou para que, como pais, fizessem. Seus filhos não estão sendo controlados. Vocês têm sido indulgentes para com eles, para prejuízo deles. Eles não têm sido colocados em submissão, como Deus requer. FD 166 4 Tem havido uma grave falha na educação de seus filhos. Sua filha, especialmente, tem sido mimada. Ela tem sido estragada com mimos e condescendências, ao ponto de se tornar muito pequena a sua utilidade prática. A atenção dela tem sido dirigida basicamente a si mesma, a ponto de sua mente tornar-se supremamente egoísta e centralizada em si. Se ela tem alguma indisposição, mostra aversão ao trabalho. Ela tem sido favorecida e protegida de realizar o mínimo esforço. E vocês ainda comentam na sua presença que ela não está bem. Sua imaginação tem sido conduzida nessa direção. A mãe tem carregado os pesados fardos que devia dividir com a filha e os filhos. A mãe teria sido poupada de muito sofrimento em conseqüência de crises agudas de enfermidade, tivesse ela recebido a ajuda que lhe cabia por parte dos filhos, especialmente da filha. Esse esforço teria representado o maior benefício à filha na questão da saúde, livrando-a da doença, além de ser uma bênção para a mãe. [...] FD 166 5 Outro mal que ameaça destruir a utilidade de sua filha é o amor ao mundo, e o orgulho da aparência. Ela tem cultivado uma afetação que é mortal para a espiritualidade. FD 166 6 Irmã Bailey, você tem cometido um grave erro na criação dos filhos. Conforme o rebento é curvado, a árvore se inclina. Seus mimos e desculpas para os erros deles, e o desrespeito para com sua autoridade, têm-se colocado diretamente no caminho de sua salvação. Filhos que FD 167 1 não são ensinados a ser corteses e a ceder às ordens dos pais não terão um senso de seu dever para com Deus e Suas reivindicações quanto à obediência e submissão. [...] FD 167 2 Seus filhos, que participam da fartura e hospitalidade, devem ser levados a entender que, eles também, precisam mostrar obediência e respeito para com a autoridade dos pais. Suas filhos continuam ainda sem a graça de Deus; serão para vocês a causa de sofrimento e das mais agudas e angustiosas dores, sem um sentimento de remorso. Consideram a menor restrição como uma invasão aos seus direitos, e desprezarão a censura. FD 167 3 Seus filhos perderam os benefícios da educação que deviam ter recebido na infância, mas agora devem vocês mudar inteiramente a disciplina e redimir-se da negligência. Esses filhos carecem daquelas nobres e desejáveis qualidades da mente, as quais a correta disciplina e o refinamento lhes teriam dado. Eles não são corteses nem respeitosos. Vocês chegam a ouvir dos seus lábios palavras que não deveriam permitir de forma alguma. Os pequenos que não são controlados na tenra infância tornam-se donos de si mesmos. Tomam as rédeas nas próprias mãos. Consideram-se importantes, são convencidos, impulsivos e não revelam muito gosto ou ambição pelo respeito próprio ou pela disciplina mental adquirida pela concentração em alguma coisa. Não admitem ser restringidos. Desprezam a disciplina escolar, pois não foram disciplinados em casa. [...] FD 167 4 Deus não Se agrada da maneira como a irmã Bailey dirige seus filhos. [Ela é] descuidada quanto ao seu dever, pesada na balança e achada em falta. Esse é um grave defeito para uma mãe -- ser tão complacente com os filhos a ponto de permitir neles o pecado, permitir que sejam irascíveis, ingratos, desobedientes, arrogantes, orgulhosos -- e ainda desculpar isso e afastar dos olhos dos outros e mesmo dos seus próprios. Nisso ela é participante dos seus erros e os mantém no pecado, e o sangue deles estará nas vestes dela e do pai. Eles podem agora remir o passado mediante uma reforma de sua parte, mas nunca apagarão os resultados de sua grande negligência no que diz respeito aos filhos. Deus considera os pais responsáveis em grande parte pela conduta dos filhos, pois eles têm [responsabilidade pela] formação do seu caráter. [...] FD 167 5 Sua filha necessita da energia gerada pelo trabalho ativo. Ela é muito mais capaz de trabalhar e assumir sua parte dos fardos da vida do que sua mãe de levá-los por ela. Uma atividade, cada dia, que ponha em ação os músculos e órgãos do corpo será o melhor remédio que sua filha pode receber. Uma melindrosa ociosidade a torna mal-humorada, descontente e infeliz. [...] Que Deus use estas linhas como uma bênção para vocês, meu irmão e irmã. -- Carta 1, 1871. ------------------------Capítulo 20 -- Conhecimento dos deveres práticos da vida FD 168 1 Os filhos são a preciosa herança do Senhor, para serem disciplinados, educados e preparados para aliviar fardos em seus primeiros anos. Estes devem ser leves, a princípio; mas as crianças devem ser cuidadosamente educadas para fazer sua parte, a fim de que entendam como fazer o trabalho com voluntária aptidão. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1898. Emprego útil é essencial FD 168 2 O exemplo de Jesus como trabalhador perfeito -- Em Sua vida na Terra, Cristo era um exemplo a toda a família humana, havendo sido obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro e trabalhou com as próprias mãos na pequena oficina de Nazaré. [...] A Bíblia diz de Jesus: "E o menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele". Lucas 2:40. Ao trabalhar na infância e na juventude, a mente e o corpo se desenvolviam. Ele não usou Suas faculdades físicas descuidadamente, mas exercitou-as de molde a mantê-las sadias, a fim de poder fazer o melhor trabalho em cada setor. Não desejava ser falho, nem mesmo no manuseio das ferramentas. Foi tão perfeito como operário quanto o era no caráter. -- Fundamentos da Educação Cristã, 416, 418. FD 168 3 As jovens devem ter conhecimento dos deveres domésticos -- Muitas senhoras consideradas bem educadas, diplomadas com distinção em alguma instituição de ensino, são vergonhosamente ignorantes a respeito dos deveres práticos da vida. São destituídas das qualificações necessárias para a devida regulamentação da família e por isso mesmo essencial a sua felicidade. Podem falar da elevada posição da mulher e seus direitos, mas elas mesmas ficam longe de alcançar a verdadeira posição da mulher. FD 168 4 É direito de toda filha de Eva ter conhecimento completo dos deveres domésticos, receber educação em cada departamento do trabalho do lar. Toda jovem deve ser educada de tal maneira que, se chamada a ocupar a posição de esposa e mãe, possa governar como uma rainha em seu domínio. Deve ela ser plenamente capaz de guiar e instruir os filhos, FD 169 1 dirigir os empregados e, se necessário, ministrar com as próprias mãos às necessidades do lar. FD 169 2 É seu direito compreender o mecanismo do corpo humano e os princípios de higiene, os assuntos relacionados com o regime alimentar e o vestuário, trabalho e recreação, e outros pormenores sem conta que intimamente dizem respeito ao bem-estar de sua casa. Deve ela obter tal conhecimento dos melhores métodos de tratar as enfermidades, que possa cuidar dos filhos quando enfermos, em vez de deixar seus preciosos tesouros nas mãos de enfermeiras e médicos estranhos. FD 169 3 A idéia de que a ignorância de ocupação útil é uma característica essencial do verdadeiro homem ou mulher é contrária ao desígnio de Deus na criação do homem. A indolência é um pecado, e a ignorância de deveres comuns, o resultado de estultícia que, no decurso da vida, dará ampla ocasião para amargo arrependimento. -- O Lar Adventista, 87, 88. FD 169 4 As crianças devem participar dos deveres domésticos -- A mãe fiel não será nem poderá ser uma devota da moda, nem será uma escrava doméstica para ceder aos caprichos dos filhos e escusá-los do trabalho. Deve ensiná-los a com ela partilhar dos deveres domésticos, para que possam ter um conhecimento prático da vida. Quando os filhos tomam parte no trabalho com a mãe, aprendem a considerar o trabalho útil como essencial à felicidade, enobrecedor, e não degradante. Mas se a mãe ensina as filhas a serem indolentes, enquanto leva as pesadas responsabilidades da vida doméstica, está lhes ensinando a olhar para ela como uma criada, para servi-las e fazer as coisas que elas deveriam fazer. A mãe sempre deve manter sua dignidade. -- Orientação da Criança, 349, 350. O valor da educação prática FD 169 5 Por que trabalhar antes de brincar? -- Minha mãe me ensinou a trabalhar. Eu costumava perguntar-lhe: "Por que sempre devo fazer tanto trabalho antes de brincar?" "É para educar e treinar sua mente para o trabalho útil, e, além disso, é para evitar travessuras; e quando você ficar mais velha, me agradecerá por isso." Quando uma das minhas meninas [uma neta] me disse: "Por que devo eu fazer tricô?" "As vovós fazem tricô", respondi-lhe: "Pode me dizer como as vovós aprenderam a tricotar?" "Ora, elas começaram quando eram meninas." -- Orientação da Criança, 124. FD 169 6 Ensinar as meninas a serem independentes -- Muitos que consideram necessário que seu filho seja habilitado a ganhar a própria manutenção futura, parecem considerar de pouca importância a sua filha estar ou não preparada para ser independente e manter-se a si mesma. Em geral, ela aprende pouco na escola que lhe poderia prover ensinamento prático FD 170 1 quanto a ganhar o seu pão de cada dia; e não recebendo qualquer instrução no lar, no que respeita aos mistérios da cozinha e da vida doméstica, ela cresce inteiramente inabilitada, constituindo um fardo para os pais. [...] FD 170 2 Uma mulher que tenha sido ensinada a cuidar de si mesma está também capacitada a cuidar de outros. Jamais será ela um traste ou um peso morto na família ou na sociedade. Quando a sorte mudar, haverá para ela um lugar onde ela possa ganhar a vida honestamente e assistir os que dela dependem. A mulher deve ser instruída em alguns misteres que lhe permitam ganhar a subsistência, se necessário. Sobrelevando outras honrosas ocupações, toda jovem devia aprender atividades domésticas, seja cozinhar, arrumar ou costurar. Deve ela conhecer tudo quanto seja necessário para uma dona-de-casa, seja sua família rica ou pobre. Então, se sobrevier a adversidade, ela está preparada para qualquer emergência; ela é, de certo modo, senhora das circunstâncias. -- O Lar Adventista, 91. FD 170 3 A criança, a jovenzinha escolar indisciplinada e imatura, dependente da orientação dos pais e tutores, não tem motivo para ouvir coisa alguma relacionada com namoro e casamento. Deve ela rejeitar todas as atenções que tenham a mais leve probabilidade de conduzir a tais resultados, devotando-se decididamente a tornar-se uma mulher tão perfeita quanto possível, de modo que sua vida possa ser útil e ela aprenda uma profissão que lhe permita obter emprego e tornar-se independente. -- Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio, 21. Todos, inclusive mulheres, devem aprender um ofício FD 170 4 Educados em hábitos de diligência -- O costume de sustentar homens e mulheres ociosos por meio de dádivas particulares ou dinheiro da igreja os encoraja a manter maus hábitos. Tal atitude deve ser conscienciosamente evitada. Todo homem, mulher e criança devem ser educados a fazer trabalho prático e útil. Devem todos aprender algum ofício. Pode ser a fabricação de tendas, pode ser qualquer outra ocupação, mas todos devem estar preparados para usar suas habilidades para algum fim. E Deus está pronto a aumentar as habilidades de todos os que se educarem em hábitos de diligência. Não devemos ser "vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Deus abençoará a todos os que forem cuidadosos quanto a sua influência nesse sentido. -- Conselhos Sobre Mordomia, 165. FD 170 5 Cada israelita devia ensinar aos filhos um ofício -- Em Israel, era considerado um dever o preparo profissional. Exigia-se de cada pai que ensinasse a seus filhos algum ofício útil. Os maiores homens em Israel eram preparados para atividades industriais. O conhecimento dos deveres pertencentes ao cuidado da casa era considerado essencial a toda mulher. E a habilidade nesses deveres era considerada uma honra para as mulheres da mais alta posição. -- A Ciência do Bom Viver, 185, 186. Necessita-se de mulheres inteligentes para gerenciar negócios FD 171 1 A seguir, trecho de uma carta escrita em Fevereiro de 1884 para a administradora do Retiro de Saúde de Santa Helena. A Sra. White apela a essa senhora para que exerça um decidido impacto na obra de Deus, prepare jovens para serem úteis e use os próprios talentos de acordo com sua melhor aptidão. FD 171 2 Você não deve seguir as próprias inclinações. Deve ser muito cuidadosa em dar o devido exemplo em todas as coisas. Não seja inativa. Desperte as energias adormecidas. Torne-se uma necessidade a seu marido, sendo atenta e prestativa. Seja uma bênção para ele em tudo. Assuma os deveres essenciais que devem ser executados. Estude como realizar com alegria os deveres simples, desinteressantes, domésticos, mas muito necessários, que se relacionam com a vida no lar. Orientação da Criança, 74. Você tem condescendido com a inatividade, cultivando-a, quando deveria se guardar contra ela, estritamente e com decidido esforço. FD 171 3 Minha irmã, sua mente suportará uma sobrecarga. Se assumir os fardos como deveria, poderá ser uma bênção ao Retiro de Saúde [Santa Helena]. Mas a condescendência, com seu indolente temperamento, lhe é prejudicial, física, mental e espiritualmente. Você necessita do convertedor e vivificador poder de Deus. Tem necessidade de permanecer firme e verdadeiramente ao lado de Deus e do direito. É necessário ser vitalizada pela graça de Cristo. Despertará você e porá em ação suas quase paralisadas energias, buscando fazer todo o bem ao seu alcance? Você deve exercitar o organismo, ou não será capaz de lançar fora o que é tóxico, e deixará de obter saúde. [...] FD 171 4 O tempo é precioso, tempo é ouro, e não deve ser dedicado a coisas pequenas, sem importância, que servem apenas para gratificar o gosto. Você pode ser mais útil, minha irmã, quando deixar de permitir que coisas sem importância ocupem seus momentos áureos, quando coisas úteis e necessárias envolvem sua atenção e tempo. Há muitas coisas a serem feitas neste mundo, e espero que não negligencie a parte atenciosa e solícita de seu trabalho. Centenas de dólares teriam sido economizados para instituição à qual você está ligada, caso tivesse colocado sua alma no serviço. Se tivesse proferido uma palavra aqui, feito algum planejamento ali, poderia ter sido uma verdadeira bênção. Caso tivesse despertado as desprezadas energias pelo exercício ao ar livre, e feito o que estava ao seu alcance com alegria e disposição, poderia ter realizado muito mais, e sido uma verdadeira bênção. FD 171 5 Espero que, a partir de agora, dedique a mente e a sabedoria ao trabalho. Tome providências para que tudo se faça no plano da economia. Deve-se fazer isso, ou então as dívidas se acumularão. Necessita-se de mulheres de intelecto aguçado e ágil para discernir onde há desperdício FD 172 1 nas pequenas coisas, e corrigi-lo. Você tem ocupado a direção do Retiro de Saúde, e era seu dever fazer isso. FD 172 2 Muito poderia ter sido economizado, mas agora se perdeu pela falta de um chefe [de departamento] que visse, planejasse e dissesse o que se devia fazer, alguém que tomasse as rédeas e, por preceito e exemplo, fizesse esse trabalho. As moças não serão conscienciosas, diligentes e econômicas, a menos que um exemplo correto lhes seja dado pela pessoa que ocupa a direção. Se as moças não estão dispostas a ser ensinadas, se não agirem como gostaria que agissem, que sejam dispensadas. Sei que muito se pode economizar, se o trabalho for feito com esforço atento e esmerado. [...] FD 172 3 Ao exercer a devida influência nessa área, você pode educar as moças para o serviço doméstico. Isso lhes será uma grande bênção. FD 172 4 Todos os nossos talentos devem ser usados; não se deve permitir que enferrujem pela inação. Toda a nossa influência deve ser usada para o melhor proveito. Depois de alimentar a multidão, Cristo disse: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca". João 6:12. Essa lição pode ser aplicada às coisas espirituais, bem como às temporais. Aqueles que não apreciam e utilizam da melhor forma suas bênçãos espirituais, recolhendo cada precioso raio de luz, em breve se tornarão indiferentes e ingratos! Não são concedidas bênçãos àqueles que não as valorizam. Todas as nossas energias físicas, com um dos talentos de Deus, devem ser usadas para a Sua glória. Nossa influência deve ser reconhecida e empregada como pertencendo a Deus. Ele apela para que todos façam o seu melhor. -- Carta 5, 1884. ------------------------Capítulo 21 -- Quando surge a tristeza Enfermidade FD 173 1 Lucretia Cranson era filha de velhos amigos do casal White. Casou-se com D. M. Canright, em 1867. Faleceu no dia 29 de Março de 1879. Querida e aflita irmã: FD 173 2 Eu preferiria estar com você e conversar pessoalmente, mas isso é impossível. Posso dizer-lhe que meus sentimentos estão com você na sua fraqueza, mas, quando penso em você, parece-me com plena certeza e de maneira vívida que você está sendo sustentada por braços que nunca se cansam, e confortada por um amor que é imutável, permanente como o trono de Deus. FD 173 3 Não a vejo como alguém que se lamenta na sua fragilidade, mas como alguém sobre quem brilha o rosto do Senhor, trazendo luz e paz, alguém cuja alma comunga com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo, crescendo diariamente no conhecimento da divina vontade, participando da natureza divina, progredindo em reverência, serena confiança e santo amor. O sangue de Cristo, que perdoa, nunca lhe pareceu tão precioso, de valor tão inestimável quanto em sua debilidade, quando sua ligação com o mundo se desfaz. FD 173 4 Você tem crescido na experiência interior, e outros podem beneficiar-se com seus conselhos. A religião para você, preciosa filha, torna-se cada vez mais bela. Agora, você parece confortável, assentada aos pés de Cristo e aprendendo dEle. O temor da morte passou. Se algum terror existe na presença do último e temível inimigo, é desviado ao se contemplar Jesus, pois Ele iluminou a tumba com Sua sagrada presença. Algo há no seu coração que não descansará, a não ser acolhido nos braços do infinito amor. FD 173 5 Querida filha, sua peregrinação está quase encerrada. Não apresentaremos nossos desejos e vontade, mas deixaremos que repouse na esperança, até que o Doador da vida a chame para uma brilhante imortalidade. Jesus é para você, agora, o Salvador, Aquele cuja resplandecente presença pode transformar qualquer lugar no Céu. Sua vida, minha preciosa filha, está escondida com Cristo em Deus, e quando Aquele que é a sua vida aparecer, então também você aparecerá com Ele, revestida de imortalidade FD 174 1 e vida eterna. Mesmo em sua combalida força, você pode agora contemplar a glória divina, cheia de graça, misericórdia e paz. E pode se voltar para Ele assim como a agulha para o ímã. FD 174 2 Seus dias podem não ser todos claros e alegres, mas que isso não a aflija. Com mansidão, fé e perseverança, aguarde, espere e confie. Sua vida está escondida com Cristo, em Deus. Sua vida, mesmo agora, pode ser uma lição para todos, mostrando que alguém pode ser feliz no enfraquecido vigor sob aflição. Quando as profundas águas passam sobre a alma, a presença de Deus torna sagrado o aposento de Seus santos moribundos. Sua paciente resignação e alegre constância, seu sustento por um poder invisível, são poderoso testemunho em favor da religião cristã e do Salvador dos cristãos. Essas leves aflições serão um poder transformador, refinando, purificando, enobrecendo e capacitando para as cortes do alto. FD 174 3 Até os últimos dias do cristão podem ser fragrantes, porque os raios do Sol da justiça brilham por meio da vida, difundindo um aroma perpétuo. Temos motivos de alegria por haver nosso Redentor derramado Seu precioso sangue na cruz como expiação pelo pecado e, mediante Sua obediência até à morte, trazido justiça eterna. Você sabe que Ele hoje está à mão direita de Deus, como Príncipe da vida, o Salvador. Outro nome não há sobre o qual lançar seus interesses etenos, mas em Cristo pode confiar plena, implicitamente. Cristo tem sido amado por você, embora sua fé às vezes tenha sido débil e suas perspectivas, confusas. Mas Jesus é seu Salvador. Ele não a salva porque você é perfeita, mas porque necessita dEle, e, em sua imperfeição, tem confiado nEle. Jesus a ama, minha querida filha. FD 174 4 Você pode cantar: FD 174 5 "Ainda podemos habitar em segurança sob o abrigo do Teu trono; a proteção dos Teus braços é suficiente, e nossa defesa é infalível". -- Mensagens Escolhidas 3:147. O falecimento de um esposo FD 174 6 Escrita para a Sra. Fannie Ashurst Capehart, "Westmoreland", Washington Heights, Washington, D C. Minha querida irmã: FD 174 7 Acabo de ler sua carta. Vou lhe responder imediatamente, pois talvez algumas linhas lhe confortem o espírito. FD 174 8 Meu esposo faleceu em Battle Creek, em 1881. Durante um ano, não consegui suportar o pensamento de que estava sozinha. Meu esposo e eu havíamos permanecido lado a lado em nossa obra ministerial, e por um ano após sua morte não consegui suportar a idéia de que fora deixada só, sozinha, para levar adiante as responsabilidades que no passado ele e eu leváramos juntos. Durante aquele ano, não me recuperei, mas cheguei perto de morrer. Porém não me demorarei sobre isso. FD 175 1 Enquanto meu esposo jazia no esquife, nossos bons irmãos vieram a mim e insistiram para que orássemos pedindo que fosse restituído à vida. Eu lhes disse: Não, não. Enquanto vivera, havia feito o trabalho que deveria ter sido distribuído entre dois ou três homens, e agora descansava. Por que chamá-lo de volta à vida, para suportar novamente aquilo pelo qual havia passado? "Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham". Apocalipse 14:13. FD 175 2 O ano seguinte à morte do meu esposo foi cheio de sofrimento para mim. Achei que não fosse viver, e fiquei muito fraca. Membros da minha família tiveram a idéia de que haveria um lampejo de esperança para mim se eu fosse induzida a assistir à reunião campal em Healdsburg. Essa reunião seria realizada num bosque a cerca de um quilômetro e meio da minha casa, em Healdsburg. Esperavam que, no local do acampamento, Deus me revelasse distintamente que eu devia viver. Na época, não havia cor na minha face, mas uma palidez mortal. Levaram-me ao acampamento num domingo, numa charrete. Naquele dia, a grande tenda estava repleta. Parecia que quase toda a Healdsburg estava presente. FD 175 3 Colocaram um sofá na espaçosa plataforma que servia de púlpito, e sobre ele me puseram da maneira mais confortável possível. Durante a reunião, eu pedi ao meu filho, W. C. White: "Você me ajuda a levantar e a ficar em pé, enquanto digo algumas palavras?" Ele disse que me auxiliaria, e me levantei. Por cinco minutos fiquei ali, tentando falar, e achando que seria a última vez que diria alguma coisa -- minha mensagem de despedida. FD 175 4 De imediato, senti um poder sobre mim, como um choque elétrico. Passou pelo meu corpo e subiu até à cabeça. As pessoas disseram que viram claramente o sangue retornando aos meus lábios, minhas orelhas, face e testa. Perante aquele grande número de pessoas, fui curada, e o louvor de Deus estava no meu coração e saía dos meus lábios em tons claros. Operou-se um milagre diante daquela grande congregação. FD 175 5 Tomei, então, o meu lugar entre os oradores, e diante da congregação dei um testemunho como nunca antes tinham ouvido. Era como se alguém tivesse sido erguido dentre os mortos. Aquele ano todo havia sido de preparação para essa mudança. E o povo de Healdsburg devia ter esse sinal como testemunho da verdade. [...] FD 175 6 Minha irmã, não mostre mais qualquer desconfiança em relação ao nosso Senhor Jesus Cristo. Avance com fé, crendo que encontrará seu esposo no reino de Deus. Faça seu melhor, preparando os vivos para se tornarem membros da família real e filhos do Rei celestial. Essa é a nossa obra agora, essa é a sua obra. Realize-a fielmente, e creia que se encontrará com seu esposo na Cidade de Deus. Faça o que puder para ajudar outros a estarem confiantes. Anime as pessoas. Leve-as a aceitar FD 176 1 a Cristo. Jamais torture sua alma como tem feito, mas seja humilde, leal, fiel e conte com a palavra de Deus, de que se encontrarão quando a guerra acabar. Tenha bom ânimo. -- Carta 82, 1906. FD 176 2 Escrita para a irmã Chapman, velha amiga na fé, por ocasião da morte do seu companheiro na vida. Querida irmã Chapman: FD 176 3 Penso em você todos os dias e lhe apresento minhas condolências. Que lhe posso dizer por ocasião da maior tristeza que já a alcançou na vida? Faltam-me as palavras neste momento. Só posso colocá-la nas mãos de Deus e a do compassivo Salvador. Há nEle descanso e paz. Receba dEle o consolo. Jesus ama e Se compadece como ninguém de nós. O próprio Jesus Cristo a sustenta; Seus braços eternos a amparam, Suas palavras podem curar. Não podemos penetrar nos secretos conselhos de Deus. Os desapontamentos, aflições e perplexidades, as perdas que sofremos, não nos devem separar de Deus, mas levar-nos para mais perto dEle. FD 176 4 Como nos cansamos e nos angustiamos ao carregar a nós mesmos e aos nossos fardos! Quando vamos a Jesus, sentindo-nos incapazes de continuar carregando esses fardos, e os depomos sobre o Portador de fardos, descanso e paz nos virão. Só seguimos tropeçando sob nossas pesadas cargas, tornando-nos infelizes a cada dia porque não recebemos de coração as graciosas promessas de Deus. Ele nos aceitará, indignos como somos, por intermédio de Jesus Cristo. Que nunca percamos de vista a promessa de que Jesus nos ama. Sua graça está à espera de que a peçamos. FD 176 5 Minha querida e aflita irmã, sei por experiência o que você está passando. Ando com você na estrada que tão recentemente percorri. Aproxime-se, minha querida irmã, de Cristo, que é poderoso para curar. O amor de Jesus por nós não vem por algum meio miraculoso. Esse meio miraculoso do Seu amor foi evidenciado na Sua crucifixão, e a luz do Seu amor se reflete em brilhantes raios a partir da cruz do Calvário. Agora nos cabe aceitar esse amor, apropriar-nos das promessas de Deus para nós. FD 176 6 Simplesmente repouse em Jesus. Descanse nEle assim como uma criança cansada repousa nos braços de sua mãe. O Senhor Se compadece de você. Ele a ama. Os braços do Senhor a sustentam. Ferida e magoada, simplesmente repouse sua confiança em Deus. Uma compassiva mão se estende para atar suas feridas. Ele será mais precioso à sua alma que o mais seleto amigo, e nada do que se possa desejar é comparável a Ele. Somente creia nEle; apenas confie nEle. Sua amiga na aflição -- alguém que a entende. -- Carta 1e, 1882. FD 176 7 A Sra. Parmelia Lane foi esposa do pastor Sands Lane, nativo de Michigan e bem-sucedido pregador. Ele se tornou, mais tarde, presidente de várias associações nos FD 177 1 Estados Unidos. Realizava reuniões numa tenda, em Riseley, quando a Sra. White chegou à Inglaterra. Ela e a família Lane mantiveram boa amizade ao longo de anos. Querida irmã Lane: FD 177 2 Já senti a aflição pela qual está passando agora, e sei como me identificar com você. Posso entender seu sentimento de que sofreu uma grande perda. FD 177 3 Quero dizer-lhe que recebemos uma carta do seu esposo, escrita pouco antes do falecimento dele. Na ocasião em que recebi a carta, buscava a solução de muitos problemas difíceis, e achei que não conseguiria responder imediatamente. Mais tarde, comecei a escrever a resposta mas, antes de terminar a carta, soube que ele havia falecido. FD 177 4 Valorizo grandemente essa carta, pois nela o irmão Lane apresenta um testemunho de sua experiência pessoal, e me dá motivo para crer que foi um verdadeiro filho de Deus. Alguns dos nossos irmãos tinham certo receio de que nosso irmão não visse todas as coisas claramente, mas essa carta parece indicar que ele se esforçava conscienciosamente para seguir na direção certa. FD 177 5 Minha querida irmã, eu me alegraria ao receber uma carta sua. Espero que esteja onde possa ser feliz. FD 177 6 Alegro-me por saber que Jesus, nosso Salvador, virá em breve, e que então nos poderemos reunir, todos, ao redor do grande trono branco. Pretendo estar lá e, se ambas formos leais e fiéis até o fim, creio que encontraremos seu esposo. Talvez tenhamos que passar por cenas dolorosas, mas estaremos seguras se ocultarmos nossa vida com Cristo em Deus. Muitos darão ouvidos a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios, e a única esperança da alma é olhar constantemente para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé. FD 177 7 Devemos agora fazer nossa parte como servas de Jesus Cristo, levando ao mundo o conhecimento da verdade. Uma breve obra deve ser feita no mundo, e devemos vigiar e trabalhar com diligência. Devemos instar, em tempo e fora de tempo. À igreja de Cristo pertencem nossos talentos, tanto os originais quanto os adquiridos. Somos servos do Senhor Jesus Cristo. FD 177 8 Entristecemo-nos ao ver homens e mulheres como senhores absolutos daqueles que deviam ser livres instrumentos do Senhor. Cristo é o supremo soberano da Sua igreja. Que ninguém se intrometa entre nossa alma e Ele. Trabalhemos inteiramente para o Senhor, não permitindo que coisa alguma se interponha entre a alma e seu mais elevado interesse -- vencer pelo sangue do Cordeiro e a palavra do nosso testemunho. [...] FD 177 9 Tenha bom ânimo no Senhor, minha irmã. Continue olhando para o Autor e Consumador da nossa fé. -- Carta 362, 1906. Viuvez FD 178 1 Fazia pouco tempo que Ellen White conhecera a irmã Lons. Tendo sabido do falecimento do Sr. Lons, a Sra. White escreveu à sua nova amiga uma amorosa carta de condolências. Querida irmã Lons: FD 178 2 Sinto-me feliz por tê-la conhecido, e tenho meu coração ligado ao seu, e também ao da viúva, irmã Brown. Todas nós fomos deixadas na viuvez, e temos sido muito abençoadas por Deus, no sentido de que não nos falhou em nosso tempo de provação. Ele nos tem sido socorro bem presente em todo tempo de necessidade. Em nossa experiência individual, temos sido provadas por Deus -- resignação sob aflição, paciência quando a prova é mais severa e confiança humilde e sincera em Deus. FD 178 3 Aprendemos, em meio a sombrias providências, que não é sábio seguir nossa própria vontade e caminho, e lançar suspeitas e desconfianças sobre a divina fidelidade. Sinto que somos aquelas que podem entender e identificar-se uma com a outra. Estamos unidas pela graça de Jesus Cristo e pelos laços dos sentimentos cristãos que se tornam sagrados pelas aflições. FD 178 4 Teremos, se não mais nos encontrarmos na Terra, afetuosas e inesquecíveis lembranças de nossa breve amizade com a família em Long Point. Fico feliz por tê-la conhecido. Creio que, na providência de Deus, está ordenado que você seja membro da família Brown. Através de sua ligação com eles, o Senhor a fez instrumento de justiça, uma bênção, especialmente para a irmã Brown. Tenho sentimentos muito afáveis e ternos por você, e especialmente pela irmã Brown, entendendo a tristeza de sua vida. FD 178 5 As aflições são, com freqüência, misericórdia disfarçada. Não sabemos o que teríamos sido sem elas. Quando Deus, em Sua misteriosa providência, subverte todos os nossos acalentados planos, e recebemos tristeza em lugar de alegria, inclinamo-nos em submissão e dizemos: "Que Tua vontade, ó Deus, se faça." Devemos cultivar sempre uma calma e devota confiança nAquele que nos ama, que deu Sua vida por nós. "O Senhor, durante o dia, me concede a Sua misericórdia, e à noite comigo está o Seu cântico, uma oração ao Deus da minha vida. Digo a Deus: "Minha rocha: por que Te olvidaste de mim? Por que hei de andar eu lamentando sob a opressão dos meus inimigos? [...] Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu". Salmos 42:8, 9, 11. FD 178 6 O Senhor considera nossas aflições. Com Sua graça e discernimento, mede e pesa cada uma. Como refinador da prata, Ele nos observa a cada momento, até que a purificação esteja completa. A fornalha serve para purificar e refinar, não para destruir e consumir. Ele fará com que os que colocam sua confiança nEle cantem sobre misericórdia, em meio a juízos. FD 179 1 Ele está sempre vigilante, para distribuir, quando for mais necessário, novas e revigorantes bênçãos, força na hora da fraqueza, socorro na hora do perigo, amigos na hora da solidão, simpatia, humana e divina, nas horas de tristeza. Estamos a caminho do lar. Aquele que nos amou tanto a ponto de morrer em nosso favor construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na Cidade de Deus. Nenhum lamento de tristeza. Nunca mais se ouvirá um canto fúnebre de esperanças esmagadas e afeição sepultada. Deus te abençoe, minha querida e muito respeitada irmã. -- Carta 37, 1893. A morte de uma criança FD 179 2 Numa carta para o pastor e a Sra. S. N. Haskell, Ellen White fala da morte de seu bisneto. FD 179 3 Escrevi muitas páginas hoje. Nesta manhã, recebi uma carta de Mabel Workman [sua neta]. Cerca de duas semanas atrás, ela deu à luz um menino de quatro quilos e meio, mas o pequenino morreu dois dias após o nascimento. Mabel tem passado por uma severa experiência, mas estamos agradecidos porque sua vida foi poupada. Tanto o pai quanto a mãe estão sentindo profundamente a prova, mas a aceitam como bons cristãos. O esposo de Mabel tem-se mostrado um verdadeiro cristão nesta hora aflitiva, e o Senhor tem amparado a ambos. Eles crêem que, se não estivesse a Sra. Kress com eles naquela hora, Mabel também teria perdido a vida. Sinto-me grata porque a irmã Kress pôde estar com eles, pois tem grande tato e habilidade. Houvesse a vida da mãe sido levada, todos teriam sentido profunda aflição. FD 179 4 Faz duas semanas que estamos sentindo grande ansiedade a respeito de Mabel, pois até hoje não recebemos notícias desde o telegrama que nos contava da morte do bebê. Sou grata a Deus porque a vida de Mabel foi poupada, e oro para que ela viva para ser uma bênção na causa de Deus. -- Carta 120, 1909. FD 179 5 A Sra. A. H. Robinson era uma velha amiga, em Michigan. Ellen White lhe escreveu imediatamente após receber a notícia da morte de seu filho, contando sua própria experiência diante da morte de dois dos seus filhos. Minha querida irmã Robinson: FD 179 6 Acabo de receber minha correspondência da América. Minha secretária leu para mim as cartas, muitas das quais são de natureza bem interessante. Responderei à sua carta em primeiro lugar. FD 179 7 Ao relatar sua experiência, isto é, o falecimento de seu filho, e de como se prostrou em oração, submetendo sua vontade à vontade do FD 180 1 Pai celestial, deixando com Ele a solução do caso, isso comoveu o meu coração de mãe. Passei por experiência semelhante a essa pela qual você acaba de passar. FD 180 2 Aos dezesseis anos de idade, meu filho mais velho caiu doente. Seu caso foi considerado grave, e ele nos chamou para junto do leito e disse: "Papai e mamãe, vai ser difícil separarem-se de seu filho mais velho. Se o Senhor houver por bem poupar minha vida, por amor de vocês, ficarei satisfeito. Se for para meu bem e para glória de Seu nome que minha vida se encerre agora, direi: Bem está minha alma. Papai, fique sozinho e ore; e Mamãe, ore também. Então hão de receber uma resposta de acordo com a vontade de meu Salvador, a quem vocês amam e eu amo também." Receava ele que, se nos prostrássemos juntos em oração, nossas simpatias se fortalecessem, e pedíssemos aquilo que não conviria que o Senhor concedesse. FD 180 3 Fizemos como ele pedira, e nossas orações foram em todos os pontos semelhantes às orações que vocês fizeram. Não recebemos evidência de que nosso filho se restabeleceria. Ele faleceu, pondo sua inteira confiança em Jesus, nosso Salvador. Sua morte foi para nós um grande golpe, mas foi uma vitória mesmo em presença da morte; pois sua vida estava escondida com Cristo em Deus. FD 180 4 Antes da morte de meu filho mais velho, meu bebê adoeceu de morte. Oramos, pensando que o Senhor nos poupasse nosso queridinho; mas cerramos-lhe os olhos, na morte, e pusemo-lo a descansar em Jesus, até que o Doador de vida venha para despertar os Seus preciosos entes queridos, para a gloriosa imortalidade. [...] FD 180 5 O Senhor, porém, tem sido meu Conselheiro, e o Senhor lhe dará graça para suportar sua tristeza. FD 180 6 Você indaga a respeito da salvação dos pequenos. A resposta está nas palavras de Cristo: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus". Lucas 18:16. FD 180 7 Lembre-se da profecia: "Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles. [...] Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança no derradeiro fim para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos". Jeremias 31:15-17. FD 180 8 Essa promessa lhe pertence. Ela pode confortar-lhe e levar a confiar no Senhor. O Senhor muitas vezes me instruiu de que muitos pequeninos hão de ser removidos antes do tempo de angústia. Havemos de ver de novo nossos filhos. Havemos de encontrar-nos com eles e reconhecê-los nas cortes celestiais. Coloque sua confiança no Senhor, e não tema. -- Mensagens Escolhidas 2:258, 259. A morte de uma amiga FD 181 1 Os parágrafos seguintes foram tirados de uma carta escrita para Edson e Emma White, acerca de um acidente que ocorreu perto do Colégio de Avondale, na Austrália. FD 181 2 Na segunda-feira de manhã, achei que minha família não parecia natural. Alguma sombra estranha pairava sobre todos. Pela manhã, Sara e eu fomos à estação para esperar Willie, mas ele não chegou. O Pastor Gates, que havia falado ao povo em Wallsend, no domingo à noite, voltou conosco da estação e Sara o levou à escola, trazendo de volta com ela o pastor Daniells e o irmão Hare. Sara me contou que esses irmãos gostariam de falar comigo. Troquei algumas palavras com o pastor Daniells acerca da obra em Maitland, e então o irmão Hare puxou sua cadeira para perto da minha e disse que tinha algo para me contar. Então me contou que na tarde anterior ocorrera um acidente perto da escola. FD 181 3 A irmã Peck, a Srta. Gates e a filha da irmã Boyd vinham de Sunnyside para a escola com um cavalo que sempre consideraram seguro e obediente, embora desajeitado. Qualquer descuido do condutor e ele enveredava para um lado. A estrada para a escola não era a definitiva, mas foi aberta para ser usada enquanto não se fazia outra melhor. Sob a supervisão do pastor Haskell, os rapazes da escola fizeram uma ponte de troncos sobre o córrego. Ao aproximar-se a charrete dessa ponte, as ocupantes viram que uma árvore havia caído atravessada sobre o caminho, e a irmã Peck, que segurava as rédeas, achou que seria melhor descer e conduzir o cavalo para contorná-la. Mas, em vez de ficar parado, o cavalo começou a ir para trás, e tentou voltar para casa outra vez. FD 181 4 Ninguém previu algum perigo. Mas estavam mais perto da margem do córrego do que supunham, e, em poucos segundos, a charrete e suas ocupantes, com exceção da Srta. Peck, estavam dentro da água, que no local tem uns quatro metros e meio de profundidade. A irmã Peck foi lançada fora sobre a ribanceira, e a charrete, ao descer, passou por cima dela. Mas ela não se machucou muito. Ajudou Ella Boyd a sair da água, mas a Srta. Gates estava fora do alcance delas. Ella Boyd correu até a escola e chamou os homens, que em três minutos tiraram o corpo da Srta. Gates da água. Carregaram-na até a escola e fizeram todo o possível para reanimá-la, mas sem sucesso. Estava morta. Todos crêem que ela não morreu por afogamento, pois não se debateu para salvar-se. Achamos que o choque a matou. Ela foi sepultada na tarde de segunda-feira. FD 181 5 A irmã Gates estava com a saúde frágil. Havia sofrido muito com dificuldade pulmonar. No dia anterior à sua morte, ela falara com a irmã Hughes a respeito do seu caso. Disse que seu problema pulmonar havia FD 182 1 voltado, e que sabia que uma longa enfermidade estava diante de si. Para ela, o futuro representava uma apreensão terrível, pois seu irmão e esposa estavam lutando com problemas de saúde, e ela não suportava a idéia de ser um fardo para eles. Seus pais, irmãos e irmãs estavam todos mortos, com exceção do irmão. Achamos bom que ela não tivesse que sofrer de uma enfermidade prolongada, e a colocamos para repousar por um pouco de tempo, até ser chamada para uma gloriosa imortalidade. -- Carta 203, 1899. ------------------------Capítulo 22 -- De mulher para mulher FD 183 1 É a obra dos anjos celestes aproximarem-se bem dos tentados, dos provados, dos sofredores. Eles trabalham longa e infatigavelmente para salvar as almas por quem Cristo morreu. -- E Recebereis Poder, 357. FD 183 2 Mulheres alcançando outras mulheres -- As mulheres podem aprender o que é necessário para alcançar outras mulheres. Há mulheres que se adaptam de modo especial para a obra de dar estudos bíblicos, e são bem-sucedidas em apresentar a outros a Palavra de Deus em sua simplicidade. Elas se tornam uma grande bênção ao alcançar as mães e suas filhas. Essa é uma obra santa, e os que nela se empenham devem receber encorajamento. -- Medicina e Salvação, 140. FD 183 3 Mulheres como mensageiras de misericórdia -- Necessitamos grandemente de mulheres consagradas que, como mensageiras de misericórdia, visitem as mães e os filhos em seus lares, e as ajudem em seus deveres domésticos diários, caso seja necessário, antes de lhes começarem a falar da verdade para este tempo. Logo se constata que esse é um importante ministério em favor da salvação das pessoas. -- Evangelismo, 459. FD 183 4 Mulheres mais jovens como obreiras -- Mulheres instrutoras devem trabalhar com moças, não para ver quanto trabalho podem extrair delas, mas para conquistar-lhes o amor e a confiança. Quando se consegue isso, não haverá dificuldade quanto ao trabalho, pois as obreiras demonstrarão o maior desejo de agradar. FD 183 5 O Senhor apela àqueles engajados na sagrada obra de publicar a verdade para que dêem evidência de que foram purificados por Sua graça. Ao revelarem os discípulos de Cristo o Seu caráter, manifestam Seu miraculoso poder, dando um convincente testemunho quanto à verdade de Sua Palavra. -- The Publishing Ministry, 259. FD 183 6 As mulheres podem entrar onde os ministros não conseguem -- As mulheres que trabalham para ensinar as pessoas a buscar o novo FD 184 1 nascimento em Cristo Jesus estão fazendo uma preciosa obra. Elas se consagram a Deus e trabalham tanto para Ele quanto seu esposo. Podem entrar nos lares aos quais os ministros não encontram acesso. Podem ouvir as tristezas dos deprimidos e oprimidos. Podem espargir raios de luz sobre os desencorajados. Podem orar com eles. Podem abrir as Escrituras, e iluminá-los com um "Assim diz o Senhor". -- Manuscript Releases 5:327. FD 184 2 Mulheres devem ser educadas para ajudar outras mulheres -- Se podemos fazer arranjos de modo que se tenham grupos organizados e instruídos inteligentemente com respeito à parte que devem desempenhar como servos do Mestre, nossas igrejas terão uma vida e vitalidade de que necessitam há muito tempo. [...] Tenho suspirado bastante por mulheres que poderiam ser educadas para ajudarem nossas irmãs a se erguerem de seu desencorajamento e sentirem que podem fazer trabalho para o Senhor. Isto significa levar raios de luz para dentro de suas próprias vidas, e que se refletirão no coração de outros. Deus vos abençoará e a todos que convosco se unirem nesta grande obra. -- Beneficência Social, 144. Procurar as que estão sozinhas FD 184 3 É natural buscar companheirismo -- Todos encontrarão companheiros ou os farão. E exatamente na medida da força da amizade será o grau de influência exercida pelos amigos uns nos outros, para bem ou para mal. Todos terão amigos, influenciarão e serão influenciados. FD 184 4 Misterioso é o laço que liga entre si os corações humanos, de modo que os gostos, os sentimentos e os princípios das duas pessoas ficam intimamente associados. Um desenvolve o espírito e copia as maneiras e as ações do outro. Como a cera toma a forma do sinete, assim a mente recebe a impressão produzida pelo intercâmbio e o convívio. Talvez a influência seja inconsciente, mas não menos poderosa. -- Testimonies for the Church 4:587. FD 184 5 A necessidade de companhia -- Muitos poderiam ser guardados de influências pecaminosas se fossem rodeados de boa companhia e lhes fossem dirigidas palavras de bondade e amor. -- Testimonies for the Church 4:364. FD 184 6 Força para o nosso dia -- Os anjos, que farão por nós o que não podemos realizar, esperam nossa cooperação. Esperam que respondamos à atração de Cristo. Aproximemo-nos de Deus e uns dos outros. Pela vontade, pela oração silenciosa, pela resistência aos instrumentos satânicos, coloquemos nossa vontade ao lado da vontade de Deus. Enquanto tivermos o desejo de resistir ao diabo, e sinceramente orarmos "Livra-me da tentação", teremos força para cada dia. -- The Review and Herald, 4 de Julho de 1899. Nossa vontade deve ser submetida a Deus FD 185 1 Carta escrita no dia 5 de Abril de 1873 para a irmã Billet, de São Francisco, Califórnia. Ellen White encoraja sua amiga a permanecer firme sobre a plataforma da verdade eterna. A irmã Billet ainda não havia tomado a decisão de guardar o sábado. Querida irmã Billet: FD 185 2 Eu me agradaria muito de conversar com você hoje, mas, como isso é impossível, a seguinte e melhor coisa a fazer é deixar que a silenciosa pena dê expressão aos meus pensamentos e sentimentos. Muitas centenas de quilômetros nos separam, mas não nos esquecemos de você. Temos profundo interesse em que seja próspera a sua espiritualidade, assim como a sua saúde. FD 185 3 Minha querida irmã, está a verdade se tornando mais clara à sua compreensão? Ao firmar seus pés sobre a plataforma da verdade eterna, sente que Deus é mais precioso e que você se encontra sob Seu protetor cuidado? Temos uma verdade preciosa, harmoniosa e santificadora. Nem sempre imaginamos que a santificação, que tão ansiosamente desejamos e pela qual oramos com tanto fervor, é realizada por meio da verdade e, pela providência de Deus, pela maneira por que menos esperamos. Quando buscamos alegria, eis que vêm aflições. Quando esperamos paz, temos freqüentemente desconfiança e dúvida, porque nos achamos imersos em provações que não temos como evitar. Nessas provações estamos recebendo a resposta a nossas orações. A fim de que sejamos purificados, o fogo da aflição deve arder sobre nós, e nossa vontade ser ajustada em conformidade com a de Deus. Nossa Alta Vocação, 311. Para sermos moldados à imagem de nosso Salvador, passamos pelo mais penoso processo de refinamento. Mesmo aqueles que consideramos os mais queridos na Terra podem causar-nos o maior sofrimento e prova. Podem ver-nos por uma perspectiva errada. Podem julgar que estejamos em erro e que estamos nos enganando e nos degradando ao seguir os ditames da consciência iluminada em busca da verdade como de tesouros ocultos. -- Olhando Para O Alto, 103. FD 185 4 O caráter e o controle de vida de um cristão acham-se em significativo contraste com o dos mundanos. O cristão não pode encontrar prazer nos divertimentos e nas várias cenas de vulgar alegria do mundo. Mais altas e santas atrações lhe prendem o afeto. Os cristãos mostrarão que são amigos de Deus mediante sua obediência. -- Nossa Alta Vocação, 147. FD 185 5 Nossas orações, para nos tornarmos semelhantes a Cristo podem não ser respondidas exatamente como desejamos. Podemos ser testados e provados, pois Deus percebe ser melhor colocar-nos sob um curso de disciplina que nos é essencial antes que sejamos considerados súditos habilitados para as bênçãos que ansiamos. Não deveríamos nos tornar desanimados e dar lugar à duvida, e pensar que nossas orações não são notadas. Devemos FD 186 1 nos firmar seguramente sobre Cristo e deixar nosso caso com Deus para responder nossas orações a Seu próprio modo. Deus não prometeu conceder Suas bênçãos através dos canais que temos assinalado. Deus é sábio demais para errar e cuidadoso demais com o nosso bem para permitir-nos escolher por nós mesmos. -- Olhando Para O Alto, 103. FD 186 2 Os planos de Deus são sempre os melhores, se bem que nem sempre os possamos discernir. A perfeição do caráter cristão só pode ser obtida mediante esforços, conflitos, abnegação. Não contamos sempre com isso, e não consideramos necessário o penoso e muitas vezes dilatado processo de purificação, para que nos conformemos à imagem de Cristo. Deus atende com freqüência nossas orações da maneira pela qual menos esperamos. Leva-nos a situações as mais difíceis, para revelar o que está no coração. Para levar avante o desenvolvimento das graças cristãs, Ele nos colocará em circunstâncias que exigirão mais esforço de nossa parte a fim de manter a fé em ativo exercício. FD 186 3 Conservemos em mente quão inestimavelmente preciosos são os dons de Deus -- as graças de Seu Espírito -- e não recuaremos do difícil processo, por mais penoso ou humilhante que nos seja. Nossa Alta Vocação, 311. Quão fácil seria o caminho para o Céu se não houvesse nada de abnegação ou de cruz! Como os mundanos correriam para esse caminho, e os hipócritas, sem conta, o trilhariam! Graças a Deus pela cruz, a abnegação. A ignomínia e a vergonha que nosso Salvador suportou por nós, não é de modo algum demasiado humilhante para aqueles que foram salvos pela aquisição de Seu sangue. O Céu será em verdade bastante fácil. -- Nossa Alta Vocação, 286. FD 186 4 Querida irmã, devemos ser pacientes, escolher a parte sofredora da religião. Sua preciosa filha pode não discernir o mistério da piedade, e considerá-la obstinada e insensata, estranha e excêntrica no mundo. Não desanime, porém. Se você [for] fiel ao dever, Deus pode tocar o coração da sua filha e ela verá o incomparável encanto do amor do Salvador. Para o descrente cuja felicidade está nas coisas do mundo, em seus prazeres e vaidades, os conscienciosos observadores do sábado do Senhor parecem insanos e incompreensíveis. Podem indagar por que os grandes homens, os ministros, doutores e os cultos não vêem essas coisas, se elas são realmente a verdade. Por causa da cruz! A popularidade e os atrativos mundanos são considerações importantes demais para que delas abram mão. Têm a mente obscurecida pelo deus deste mundo. [...] FD 186 5 Podemos ter Cristo conosco enquanto empenhados em nossas ocupações diárias. Onde quer que estejamos, o que quer que façamos, podemos em verdade ser enobrecidos porque nos achamos unidos a Cristo. Podemos tornar nossos humildes deveres da vida enobrecidos e santificados mediante a certeza do amor de Deus. Trabalhar por princípio nas mais humildes vocações é que as reveste de dignidade. A consciência de sermos realmente FD 187 1 servos de Cristo dará mais elevado teor de caráter a nossos deveres de cada dia: sempre alegres, pacientes, longânimos e gentis. Nossa Alta Vocação, 184. Cristo diz: "tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora". João 16:12. [...] FD 187 2 Se você, minha querida irmã, é vista como sendo firme nos princípios, destemida no dever, zelosa em buscar exemplificar a Cristo em seu labor diário, mas é humilde, modesta, gentil e terna, paciente e perdoadora, pronta a sofrer e a perdoar ofensas, será uma carta viva, conhecida e lida por todos. Seus amigos, que moldam o caráter em conformidade com o mundo, não habitam em Cristo, por mais elevada que seja sua profissão. Não discernem o valor e a preciosidade do amor de Cristo. Não podem ter um justo senso do grande sacrifício feito pelo Capitão da nossa salvação para redimi-los de uma desesperançada desgraça. Não podem discernir o infinito sacrifício feito em seu favor; portanto, eles mesmos não se dispõem a fazer qualquer sacrifício. [...] FD 187 3 Cristo nos comprou por alto preço, e ainda assim nos recompensará o serviço feito a Ele. Podemos entristecer-nos e chorar devido ao nosso insignificante serviço para Ele, que nos deu evidências imensuráveis de Seu interesse e amor por nós. Mas a recompensa não será na proporção exata da quantidade de trabalho feito, porém de acordo com o motivo e o amor que motivaram a realização do trabalho. A recompensa será em termos de graça. Sua abundante misericórdia será manifesta não porque tenhamos feito algo digno, mas por conta de Seu imensurável amor. Cristo dirá ao fiel, sincero obreiro: "Muito bem, servo bom e fiel; [...] entra no gozo do teu senhor". Mateus 25:23. E, mesmo agora, anjos de Deus tomam conhecimento de nossas obras de amor e justiça, e não seremos esquecidos mesmo nesta vida. Grande galardão há em guardar-Lhe os mandamentos. Testimonies for the Church 4:27. "Grande paz têm os que amam a Tua lei; para eles não há tropeço". Salmos 119:165. Cristo não coloca sobre Seus servos uma carga maior do que a força que lhes concede para levá-la. Não os abandonará na adversidade. Quando o coração e a carne falham, Ele será a força do seu coração e a sua porção para sempre. FD 187 4 Os pecadores falam das diversões do mundo e dos prazeres do pecado, mas, quando a morte neles fixa o olhar, nada dizem como louvor à bela vida de pecado que levaram. O terrível e tenebroso futuro está diante deles e, se tão-somente pudessem saber que seu nome está escrito no Céu, que peso lhes seria tirado do coração oprimido pelo pecado! Em qualquer condição, sob qualquer circunstância, o cristão pode dizer: "O caminho da santidade é um bom caminho." Por mais complicada que seja a sua posição, podem dizer: "O Senhor é bom; Sua misericórdia dura para sempre." Tenha bom ânimo, minha irmã. Confie totalmente em Deus. Ele a susterá e confortará em todas as provas suportadas por amor do Seu nome. [...] Bom é o Senhor e mui digno de ser louvado. -- Carta 9, 1873. Deus nos ouvirá FD 188 1 A carta seguinte foi escrita para uma grande amiga de Ellen White, Lucinda Hall, a quem ela considerava membro de sua família. Querida Lucinda: FD 188 2 Como fiquei triste ao receber uma carta de Asenath a respeito da sua enfermidade. Desejo que o Senhor a sustente e a alivie dessa aflição! [...] FD 188 3 Lucinda, não posso escrever muito. Uma estranha opressão está sobre mim. Faremos uma reunião especial de oração em seu favor. Deus nos ouvirá a oração. Ele a levantará para que desempenhe ainda uma parte em Sua obra. Você tem sido fiel e leal, mas seu quinhão não tem sido fácil. Que Deus a sustente em sua enfermidade e ponha por baixo de você Seus braços eternos é a minha oração. FD 188 4 Tenho sentido muito a sua falta, desde que nos despedimos. Quando parti, temi que você adoecesse. Eu não sabia explicar seus sintomas, apenas que uma febre a acometia. Entregue-se simplesmente nas mãos de Deus, sem ansiedade, sem temor. Deus é o galardoador daqueles que diligentemente O buscam. A oração fervorosa e eficaz do justo tem muito valor. Nossas orações não serão em vão. "Pedi, e dar-se-vos-á". Lucas 11:19. Somente Deus pode erguer Lucinda. Ela se entregou a Deus. Ela é propriedade Sua. Ele não Se esquecerá do sacrifício que ela fez pelo Senhor. Ele operará em seu favor e ninguém o impedirá. Tenha fé, tão-somente. Como anelo vê-la e fazer sinceras intercessões por você! Estamos fazendo isso onde nos encontramos, porém Jesus sabe tudo. Ele pode ouvir daqui e abençoá-la aí, da mesma forma. [...] FD 188 5 Hoje pela manhã, sábado, chamamos o irmão Haskell e Elbert Lane, e fizemos oração por nossa querida Lucinda. Sentimos que Deus não desprezou nossa oração, mas que Seus ouvidos atentaram à nossa prece e que Ele restabelecerá a saúde de nossa querida filha. Continuaremos firmemente apegados ao braço de Deus. Não confio em nenhum outro poder, nenhuma outra habilidade. Tenho esta convicção. Nenhum braço a não ser o do Senhor pode trazer auxílio para Lucinda. Se ela se erguer, será pela oração da fé. Jesus é nosso grande libertador. Se Lhe pedirmos, Ele nos ouvirá. Pleitearemos com Deus. Espero que a querida Lucinda se apodere, ela mesma, das promessas e não as abandone. Espero que ela tenha uma fé inabalável. -- Carta 69, 1874. Oração pelo serviço FD 189 1 "Não precisamos ir aos extremos da Terra em busca de sabedoria, porque Deus está perto. Não é a capacidade que agora possuímos ou havemos de possuir, que nos dará êxito. É o que o Senhor pode fazer por nós. Deveríamos depositar muito menos confiança no que o homem é capaz de fazer, e muito mais no que Deus pode fazer para cada crente. Anseia Ele que Lhe estendamos as mãos pela fé. Anseia que esperemos grandes coisas dEle. Anela dar-nos sabedoria, tanto nos assuntos temporais como nos espirituais. Pode aguçar o intelecto. Pode dar tato e habilidade. Empreguemos nossos talentos na obra, peçamos a Deus sabedoria, e ser-nos-á dada." -- Parábolas de Jesus, 146. ------------------------Apêndice A -- Na casa de Simão FD 190 1 "Convidou-O um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa." Cristo não tinha um lar que pudesse considerar Seu. Aqueles que O convidavam consideravam-nO pobre demais para possuir um lar. Mas cada casa era propriedade Sua. FD 190 2 Simão julgou que, ao fazer essa festa, estivesse honrando a Cristo. Mas, embora aquilo que ele ofereceu lhe pertencesse, ao participar de sua hospitalidade Cristo deu mais do que Lhe fora oferecido. Ao sentar-Se à mesa do fariseu, comeu da provisão fornecida por Seu Pai. Escribas e fariseus eram inquilinos em Sua casa. Sua benevolência lhes proporcionava alimento e vestuário. Caso não Se houvesse tornado o fiador do homem, eles não teriam desfrutado bênçãos. E não somente as bênçãos temporais vêm dEle, mas, a todos os que O recebem, Ele dá o pão da vida. FD 190 3 Cristo comeu com publicanos e pecadores, como também com os fariseus. Quando era convidado aos seus lares, aceitava o convite. Nesse aspecto, ofendia escribas e fariseus, que pensavam que um judeu não devia esquecer-se do muro de separação que a tradição havia erigido. Mas, com Deus, não há seita ou nacionalidade. Quando era assim acusado, Cristo respondia: "Não vim chamar justos e sim pecadores ao arrependimento". Mateus 9:13. Ele Se colocava na própria avenida em que teria acesso às pessoas que pereciam, e plantava no coração humano as sementes da verdade, sementes que brotariam e produziriam fruto para a glória de Deus. FD 190 4 Cristo nunca proporcionou luxo a Si mesmo, porém permitia que expressões de respeito e amor fluíssem para Ele. Tinha direito a isso. Nada possuía no mundo que alegasse ser Seu, mas fez o mundo e tudo o que nele há. Por amor a nós tornou-Se pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. Assumiu a fraqueza da humanidade. Pudéssemos abrir os olhos, e teríamos visto que Ele era mais forte que o poderoso guerreiro; mas nunca Se esqueceu de que, pela avaliação do mundo, Ele era um homem pobre. FD 190 5 Sua humildade não era uma impostura. Ele era a própria humildade. "Reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou". Filipenses 2:7. Quando qualquer um Lhe prestava um favor, com celestial delicadeza Ele o abençoava. Não recusava a mais singela flor arrancada pela mão de FD 191 1 uma criança e a Ele oferecida com amor. Aceitava as ofertas dos pequeninos, e abençoava os doadores inscrevendo-lhes o nome no livro da vida. FD 191 2 "E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que Ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos Seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-Lhe os pés e os ungia com o ungüento. Ao ver isso, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que Lhe tocou, porque é pecadora". Lucas 7:37-39. FD 191 3 Curando Simão da lepra, Cristo o salvara de uma morte em vida. Mas agora Simão duvidava se o Salvador era profeta. Por Cristo permitir que essa mulher dEle se aproximasse, por não a desprezar como alguém cujos pecados eram demasiado grandes para serem perdoados, por não mostrar que compreendia haver ela caído, Simão foi tentado a pensar que Ele não era profeta. Seu coração estava cheio de desconfiança e descrença. Jesus nada sabe dessa mulher, tão pródiga em demonstrações, pensou ele, ou não lhe permitiria que O tocasse. FD 191 4 Mas Simão não podia ler o coração do seu Hóspede. Foi, porém, a ignorância de Simão acerca de Deus e de Cristo que o levou a assim pensar. Ainda não se havia convertido plenamente do seu farisaísmo. Não percebera que, em tais ocasiões, o Filho de Deus devia agir segundo a maneira de Deus -- com compaixão, ternura e misericórdia. A maneira de Simão era não fazer caso do penitente serviço de Maria. Seu ato de beijar os pés de Cristo e os ungir com o ungüento foi exasperante para seu coração endurecido. Pensou que se Cristo fosse profeta, reconheceria os pecadores e os repreenderia. FD 191 5 Lendo os pensamentos de Simão, Cristo lhes deu resposta antes que ele falasse, mostrando, assim, que era profeta de profetas. "Simão," disse Ele, "uma coisa tenho a dizer-te. [...] Um certo credor tinha dois devedores; um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. E, não tendo ele com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize pois: qual deles o amará mais? E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E Ele lhe disse: Julgaste bem". Lucas 7:40-43. FD 191 6 Como fizera Natã com Davi, Cristo ocultou Seu bem atirado golpe sob o véu de uma parábola. Lançou sobre o hospedeiro a responsabilidade de proferir a própria sentença. Essa maneira de apresentar a questão fez com que Simão se sentisse muito constrangido. Simão induzira ao pecado a mulher que ora desprezava. Fora por ele profundamente prejudicada. Pelos dois devedores da parábola, eram representados Simão e a mulher. Queria mostrar-lhe que seu pecado era maior que o dela, tão maior, como um débito de quinhentos dinheiros é superior a uma dívida de cinqüenta. FD 191 7 Simão começou então a ver-se sob um novo aspecto. Observou como Maria era considerada por Alguém que era mais que profeta. Notou que, FD 192 1 com o penetrante olhar profético, Cristo lhe lera o amorável e devotado coração. A vergonha apoderou-se dele, e percebeu achar-se em presença de Alguém que lhe era superior. FD 192 2 Simão havia duvidado de que Cristo fosse profeta, mas, por Seu próprio conhecimento acerca dessa mulher, Cristo deu evidência de Seu caráter profético. Suas poderosas obras davam testemunho dEle. Seus milagres, Suas maravilhosas instruções, Sua longanimidade, Sua humildade, eram evidências de Sua divindade. Simão não precisava ter duvidado. FD 192 3 "Entrei em tua casa", continuou Cristo, "e não Me deste água para os pés"; mas com lágrimas de arrependimento originadas no amor, Maria lavou-Me os pés e enxugou-os com os próprios cabelos. "Não Me deste ósculo, mas esta mulher" a quem tu desprezas, "desde que entrou, não tem cessado de Me beijar os pés". Lucas 7:44, 45. O lavar dos pés e o beijo de boas-vindas não eram atenções estendidas invariavelmente aos hóspedes. Era costume outorgá-las a quem se desejasse demonstrar especial consideração. Esse serviço Cristo deveria ter recebido de seu anfitrião, mas não o recebeu. FD 192 4 Cristo contava as oportunidades que Simão tivera de manifestar seu amor pelo Senhor, e o apreço pelo que fora feito por ele. Claramente, se bem que com delicada polidez, o Salvador assegurou a Seus discípulos que o coração se Lhe magoa quando Seus filhos se descuidam de manifestar gratidão para com Ele por palavras e atos de amor. Alguns podem achar que essa passagem não está mais em vigor, mas está. Escrevendo sobre mulheres que deviam ser honradas, Paulo disse: "[que tenha] exercitado hospitalidade, lavado os pés aos santos, socorrido a atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa obra". 1 Timóteo 5:10. FD 192 5 Muitas necessitam de simpatia e apreço. Mas aquelas que lavam os pés aos santos devem ter santificado discernimento, para que saibam reconhecer um santo. As vestes de um mensageiro de Deus podem estar gastas e manchadas da viagem, mas ele pode ser um anjo disfarçado. Sem serem reconhecidos, anjos falam com homens, dizendo palavras que são para a alma como a água da vida. Maria era considerada grande pecadora, mas Cristo conhecia as circunstâncias que a tornaram assim. Viu que ela possuía grande aptidão para o bem. Viu a melhor fase do seu caráter e sabia que, mediante Sua graça, ela se tornaria participante da natureza divina, e purificaria a alma pela obediência à verdade. FD 192 6 Cristo poderia haver extinguido toda centelha de esperança na alma de Maria, mas não o fez. O Perscrutador do coração lera os motivos que a levaram às suas ações, e viu também o espírito que instigara as palavras de Simão: "Vês tu esta mulher?" disse-lhe. "É uma pecadora. Digo-te que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. E disse a ela: Perdoados são os teus pecados." FD 193 1 Os presentes, pensando em Lázaro, que fora ressuscitado dentre os mortos por Cristo, e que nessa ocasião era hóspede na casa de seu tio, começaram a indagar, dizendo: "Quem é Este que até perdoa pecados?" Mas Cristo continuou: "A tua fé te salvou; vai-te em paz". Lucas 7:44-50. FD 193 2 Jesus conhece as circunstâncias de cada um de nós. Alguém pode dizer: Sou pecador, muito pecador. Talvez o seja; mas quanto pior for, tanto mais necessita de Jesus. Ele não repele nenhuma criatura que chora, contrita. Não diz a ninguém tudo quanto poderia revelar, mas manda a toda pessoa tremente que tenha ânimo. Não rejeitará quem se chegar a Ele, penitente e crendo. Perdoará abundantemente todos quantos a Ele forem em busca de perdão e restauração. FD 193 3 Mas conhecer a Jesus requer mudança de coração. Nenhuma pessoa não convertida, em seu natural estado de depravação, ama a Cristo. O amor de Jesus é o primeiro resultado da conversão. É dada a prova deste amor: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos". João 14:15. "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço". João 15:10. FD 193 4 Cristo poderia comissionar os anjos do Céu para derramar as taças de Sua ira sobre nosso mundo, a fim de destruir a todos quantos estão cheios de ódio contra Deus. Poderia apagar essa mancha negra do Seu Universo. Mas assim não faz. Acha-Se hoje ante o altar de incenso, apresentando perante Deus as orações dos que desejam Seu auxílio. "Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós". Romanos 8:34. FD 193 5 Deve-se amar a Jesus e confiar nEle. A todos os que forem obedientes, Ele conduzirá para o alto, passo a passo, tão rapidamente quanto possam avançar para que, em pé ao lado do Portador de pecados, à luz que procede do trono de Deus, possam respirar o ar das cortes celestes. Ao lado de seu grande Intercessor, o pecador arrependido ergue-se acima da acusação e da contenda das línguas. "Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados". 1 Pedro 3:13, 14. FD 193 6 Nenhum ser humano, mesmo unido a anjos maus, pode desacreditar os que buscam refúgio em Cristo. Ele uniu a pessoa crente à Sua própria natureza divino-humana. Em Seu ofício de mediador, Sua divindade e humanidade estão combinadas, e sobre essa união paira a esperança do mundo. -- The Signs of the Times, 9 de Maio de 1900. ------------------------Apêndice B -- O ministério público de Ellen White FD 194 1 Em seu ministério público, Ellen White fazia apelos eficazes que requeriam resposta. São apresentados aqui relatos de vários casos, revelando seu método de fazer apelos sob várias circunstâncias. FD 194 2 Em Battle Creek, nos primeiros tempos -- Assisti à reunião na igreja de Battle Creek. Falei com liberdade ao povo mais ou menos uma hora, acerca da queda de Adão, que trouxe miséria e morte, trazendo Cristo vida e imortalidade à luz mediante Sua humilhação e morte. Senti dever instar com o povo quanto à necessidade de inteira consagração a Deus -- a santificação de todo o ser, alma, corpo e espírito. Falei sobre a morte de Moisés e a visão que ele teve da prometida terra de Canaã. Houve profundidade de sentimento na congregação. [...] Ao reunir-nos naquela tarde, chamamos à frente os que desejassem ser cristãos. Treze pessoas atenderam. Todas testificaram do Senhor. Foi uma boa obra. FD 194 3 Trabalho diligente em Michigan -- Houve reuniões durante o dia inteiro. Meu marido falou de manhã; o irmão Andrews à tarde. Prossegui com observações por bom tempo, instando com os que se haviam interessado por meio das reuniões a começar daquele dia em diante a servir a Deus. Chamamos à frente os que desejavam iniciar naquele dia o serviço do Senhor. Bom número atendeu ao apelo. Falei várias vezes, rogando que as pessoas rompessem com os laços de Satanás e começassem então. Uma mãe foi ao encontro de seu filho, chorando e suplicando-lhe. Ele parecia duro, obstinado, inflexível. Ergui-me então, e dirigindo-me ao irmão D, roguei-lhe que não se pusesse no caminho de seus filhos. Ele sobressaltou-se, depois ergueu-se, falou, disse que começaria naquele dia. Isto foi ouvido com alegria de coração por todos. O irmão D é um homem precioso. FD 194 4 O marido da irmã E ergueu-se então, e testificou que seria um cristão. Ele é homem de influência -- advogado. Sua filha estava ansiosa. O irmão D acrescentou então suas súplicas às nossas. A irmã D também orou por seus filhos. Rogamos e por fim prevalecemos. Todos foram para a frente. Os pais e todos os filhos e outros pais lhes seguiram o exemplo. Foi um dia de regozijo. A irmã E disse que era o dia mais feliz de sua vida. FD 195 1 Boa reação -- Falei à tarde sobre 2 Pedro. Falei com espontaneidade. Depois de falar por uma hora, convidei os que desejavam ser cristãos a ir para a frente. De trinta a quarenta pessoas se dirigiram calmamente, sem agitação, para a frente, e ocuparam os primeiros bancos. Falei com eles acerca de fazer uma entrega completa a Deus. Tivemos um período de oração pelos que foram para a frente. Foi um período de oração mui precioso. Os que queriam o batismo foram solicitados a demonstrar isto, erguendo-se. Bom número levantou-se. FD 195 2 Depois de alguma hesitação, a resposta -- Falei à tarde (em Stanley, Virgínia) acerca de João 17:3. O Senhor me deu muito de Seu Espírito Santo. A casa estava cheia. Chamei à frente os que desejassem buscar mais fervorosamente ao Senhor, e aqueles que desejassem se entregar ao Senhor inteiramente em sacrifício. Por algum tempo ninguém se moveu, mas pouco depois muitos foram para a frente e deram testemunho de confissão. Tivemos precioso período de oração e todos se sentiram quebrantados, choraram e confessaram seus pecados. Quem dera que cada um compreendesse! FD 195 3 Bênção especial ao começar a obra na Suíça -- Sábado e domingo foram períodos preciosos. O Senhor abençoou-me especialmente no falar domingo à tarde. Mensagens Escolhidas 1:144-146. Todos ouviam com o mais profundo interesse, e ao fim do discurso foi feito um convite a todos quantos desejassem ser cristãos, e a todos os que sentiam não ter viva ligação com Deus, para que fossem à frente, a fim de que uníssemos nossas orações às suas em busca de perdão do pecado, e de graça para resistir à tentação. Isto era uma nova experiência para muitos de nossos irmãos na Europa, mas não hesitaram. Dir-se-ia que toda a congregação se achava de pé, e o melhor que podiam fazer era sentar-se e buscarem todos juntamente o Senhor. Ali estava uma congregação inteira manifestando sua determinação de abandonar o pecado, e empenhar-se mais fervorosamente na obra de buscar a Deus. [...] FD 195 4 Depois da oração, cento e quinze testemunhos foram dados. Muitos desses mostravam genuína experiência nas coisas de Deus. -- The Review and Herald, 3 de Novembro de 1885. FD 195 5 Em Cristiânia (Oslo), Noruega -- Passamos duas semanas em Cristiânia, e trabalhamos diligentemente pela igreja. O Espírito do Senhor induziu-me a apresentar claro testemunho. Especialmente em nossa última reunião, apresentei-lhes a necessidade de inteira mudança no caráter, caso quisessem ser filhos de Deus. Quando vêm adorar perante o Senhor, deve ser com o coração submisso e reverente. A casa edificada para a Sua adoração é um lugar sagrado, não um local para sentimentos profanos, malícia, crítica e amargura de espírito. Insisti com eles quanto à necessidade de profundo arrependimento, confissão e abandono dos pecados que haviam afastado da igreja o doce Espírito de Cristo. Convidamos então à frente os que quisessem tomar decidida posição ao lado do Senhor. Muitos corresponderam. Foram feitas algumas boas confissões, e dados fervorosos testemunhos. Esperamos que essa mudança seja apenas o início de um decidido avanço por parte de muitos membros desta igreja. -- The Review and Herald, 19 de Outubro de 1886. FD 196 1 Indiferentes reconduzidos em Basiléia -- No sábado, 19 de Fevereiro, falei ao povo às nove horas da manhã. O Senhor concedeu-me Seu Santo Espírito enquanto lhes apresentava a tentação de Cristo no deserto. De tarde, às três horas, reunimo-nos para um encontro social. Fui muito abençoada ao falar-lhes novamente, sobre a necessidade de chegarmos a uma apreciação maior e a uma contemplação mais decidida dos grandes sofrimentos de Cristo. Pensamos pouco demais nessas coisas. FD 196 2 Convidei os que desejassem orações a vir para a frente. Os assentos foram prontamente ocupados, e meu coração se moveu quando vi a congregação toda em pé. Eu disse: Sentem-se mesmo onde estão, e buscaremos juntos o Senhor. Antes da oração, muitos testemunhos foram dados em rápida sucessão e com profundidade de sentimentos, mostrando que os corações estavam tocados pelo Espírito do Senhor. Confissões foram feitas com lágrimas. Alegramo-nos por ver essa obra avançar, pois sabíamos que era exatamente essa a obra necessária para levar o povo à posição de humilhar o coração e confessar os pecados diante de Deus, e que Ele aceitaria seu arrependimento e seus esforços em buscá-Lo. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1887. FD 196 3 Notável experiência na Austrália -- No sábado, 25 de maio, tivemos preciosa reunião na sala em que nosso povo se reuniu em North Fitzroy. Por vários dias antes da reunião, eu sabia que esperavam que eu falasse na igreja no sábado; infelizmente, porém, tive forte resfriado e fiquei totalmente rouca. Senti-me inclinada a não cumprir esse compromisso; mas como fosse minha única oportunidade, disse: "Irei à presença do povo, e creio que o Senhor atenderá às minhas fervorosas orações, e afastará a afonia de maneira que eu possa apresentar minha mensagem ao povo." Aleguei a meu Pai celestial a promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. [...] Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" Lucas 11:9, 10, 13; Mensagens Escolhidas 1:148. Novamente, Cristo diz: "Tudo quanto pedirdes em Meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho". João 14:13. FD 197 1 A Palavra de Deus é fiel. Eu pedira, e acreditava que seria habilitada a falar ao povo. Escolhi uma parte da Escritura; quando me ergui para falar, porém, ela me foi tirada da mente, e senti-me impressionada a falar sobre o primeiro capítulo de 2 Pedro. O Senhor me deu especial espontaneidade no apresentar o valor da graça de Deus. Mensagens Escolhidas 1:148. Quanto se deve apreciar Sua graça! Diz o apóstolo: "Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. Visto como, pelo Seu divino poder, nos têm sido doadas todas as cousas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo dAquele que nos chamou para a Sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as Suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo." [...] FD 197 2 No fim de meu sermão, fui impressionada pelo Espírito de Deus a estender àqueles que desejassem entregar-se inteiramente ao Senhor, um convite para irem à frente. [...] Cerca de trinta foram à frente. Entre esses achavam-se as esposas dos irmãos F, as quais, pela primeira vez, manifestavam o desejo de aproximar-se de Deus. Meu coração encheu-se de indizível reconhecimento pelo gesto dessas duas mulheres. FD 197 3 Pude ver então porque fora tão intensamente movida a fazer esse apelo. Eu hesitara a princípio, cogitando se isso seria o melhor, quando meu filho e eu éramos os únicos, ao que me parecia, a prestar auxílio naquela ocasião. Mas como se alguém me houvesse falado, atravessou-me a mente o pensamento: "Não podes confiar no Senhor?" E eu respondi: "Posso, Senhor." FD 197 4 Se bem que meu filho ficasse muito surpreendido de que eu fizesse um apelo assim em tal ocasião, esteve à altura da emergência. Nunca o ouvi falar com maior poder ou mais profundo sentimento que naquela ocasião. Chamou os irmãos Faulkhead e Salisbury à frente, e ajoelhamos em oração. Meu filho tomou a iniciativa, e certamente o Senhor dirigiu a súplica, pois ele parecia orar como se estivesse na presença de Deus. Os irmãos Faulkhead e Salisbury também fizeram fervorosas petições, e então o Senhor me deu voz para orar. Lembrei as irmãs F, que, pela primeira vez tomavam publicamente posição ao lado da verdade. O Espírito Santo Se achava na reunião, e muitos foram movidos por Sua profunda atuação. FD 197 5 Ao fim da reunião muitos abriram caminho para a plataforma, e tomando-me a mão pediram-me, com lágrimas, que orasse por eles. Respondi de coração: "Eu o farei." As irmãs F foram-me apresentadas, e verifiquei que tinham o coração muito comovido. [...] FD 197 6 A mãe de uma das irmãs que se colocaram agora ao lado da verdade tem sido cruel oponente, e ameaçou que, se a filha se tornasse observadora do sábado, não lhe permitiria entrar em sua casa; pois a mãe a consideraria uma vergonha para a família. FD 198 1 A Sra. F. declarara muitas vezes que jamais se uniria aos adventistas do sétimo dia. Fora criada na igreja presbiteriana, e educada na idéia de que era impróprio uma mulher falar na reunião, e que uma mulher pregar era algo completamente errado. Ela gostou de ouvir os pastores Daniells e Corliss, e achou-os pregadores muito talentosos, mas não queria ouvir uma mulher pregar. O marido orara para que Deus agisse de tal modo que ela se convertesse pelo ministério da irmã White. FD 198 2 Quando fiz o apelo, e instei para que fossem para a frente aqueles que sentissem sua necessidade de chegar mais perto de Deus, para surpresa de todos, essas irmãs foram à frente. A irmã que perdera seu pequenino, disse que estava decidida a não ir para a frente, mas que o Espírito do Senhor lhe impressionara tão fortemente o espírito que não ousara recusar. [...] FD 198 3 Sinto-me tão grata a meu Pai celestial por Sua amorável benignidade em levar essas duas pessoas a se unirem com seus maridos na obediência à verdade! -- Mensagens Escolhidas 1:148, 149. FD 198 4 O Senhor Se agradaria de ver obra semelhante em toda igreja -- Sábado, 10 de Novembro, visitei São Francisco, e falei a uma igreja cheia de gente que tinha ouvidos para ouvir e coração para entender. Mensagens Escolhidas 1:151, 152. Pareciam famintos pela Palavra do Senhor, e creio que ouviram com um propósito. Enquanto expunha a palavra da vida com linguagem simples e clara, eu sabia que Cristo estava conosco, abrandando e subjugando corações. O Espírito Santo estava, evidentemente, em ação. Ah, como meu coração anelava pelas preciosas pessoas a quem eu estava apelando, para que olhassem e vivessem! FD 198 5 Depois de eu terminar, o pastor Corliss convidou todos os que desejassem entregar-se a Jesus a irem à frente. Houve pronta e feliz resposta, e foi-me dito que cerca de duzentas pessoas foram para a frente. Homens e mulheres, jovens e crianças abriram caminho para os bancos dianteiros. O Senhor Se agradaria de ter um trabalho semelhante feito em toda igreja. FD 198 6 Muitos não puderam ir à frente devido a estar o salão tão cheio; todavia os semblantes animados e os olhos lacrimosos testificaram de sua determinação: "Estarei ao lado do Senhor. De agora em diante buscarei diligentemente atingir mais elevada norma." FD 198 7 Resposta na Assembléia da Associação Geral de 1909 -- Meus irmãos e minhas irmãs, busquem ao Senhor enquanto Ele Se pode achar. Virá tempo em que os que desperdiçaram seu tempo e oportunidades desejariam havê-lo buscado. [...] Ele quer que nos conservemos na linha da razão, e na do trabalho. Quer que visitemos nossas igrejas para trabalhar zelosamente para Ele. Quer que organizemos reuniões para os que não pertencem à igreja, para que aprendam as verdades desta última mensagem de advertência. Há lugares em que seremos recebidos com prazer, onde as pessoas nos agradecerão por ir em seu auxílio. Que o Senhor nos ajude a lançar mão dessa obra como nunca antes o fizemos. Estamos dispostos a isso? Erguer-nos-emos aqui e daremos testemunho de que faremos de Deus nossa confiança e nosso ajudador? [Levanta-se a congregação.] FD 199 1 [Orando] Graças Te dou, Senhor Deus de Israel. Aceita este compromisso do Teu povo. Põe sobre eles o Teu Espírito. Seja neles vista Tua glória. Ao falarem eles a Palavra da verdade, vejamos nós a salvação de Deus. Amém. -- Mensagens Escolhidas 1:152. ------------------------Apêndice C -- Documentos relativos à ordenação de mulheres FD 200 1 Documento apresentado na reunião ministerial da Assembléia da Associação Geral de 1990. Preparado pela equipe do Patrimônio Literário de Ellen G. White. FD 200 2 1. Por ocasião da Assembléia da Associação Geral de 1881, discutiu-se uma resolução para ordenar mulheres. Nenhum voto foi tomado. As atas incluem as seguintes linhas: FD 200 3 "Resolvido que as mulheres que possuem as qualificações necessárias para ocupar esse cargo podem, de maneira perfeitamente apropriada, ser separadas pela ordenação para a obra do ministério cristão. FD 200 4 "Essa questão foi discutida por J. O. Corliss, A. C. Bourdeau, E. R. Jones, D. H. Lamson, W. H. Littlejohn, A. S. Hutchins, D. M. Canright, and J. N. Loughborough, e encaminhada à Comissão da Associação Geral". -- The Review and Herald, 20 de Dezembro de 1881. FD 200 5 Ellen White não assistiu à Assembléia da Associação Geral de 1881. Seu esposo faleceu no dia 6 de Agosto daquele ano. Duas semanas após a morte dele, ela partiu de Battle Creek, com destino à Califórnia. Só retornou para Michigan em Agosto de 1883. FD 200 6 2. Por muitos anos, Ellen White recebeu credenciais ministeriais por voto da Associação de Michigan (The Review and Herald, 10 de Setembro de 1872) e, posteriormente, da Associação Geral. Todavia, jamais foi ordenada por mãos humanas, não tendo, tampouco, realizado casamentos, organizado igrejas ou oficiado batismos. FD 200 7 3. Em 1895, Ellen White recomendou a ordenação de mulheres que se dedicassem a um trabalho de natureza semelhante ao diaconato: FD 200 8 "Mulheres dispostas a consagrar parte do seu tempo ao serviço do Senhor devem ser designadas para visitar os enfermos, cuidar de menores e ministrar às necessidades dos pobres. Devem ser separadas para esse serviço pela oração e imposição das mãos. Em alguns casos, precisarão aconselhar-se com os oficiais da igreja ou o pastor; mas, se forem mulheres dedicadas, mantendo uma ligação vital com Deus, serão um poder para o bem na igreja. Esse será outro meio de fortalecer e edificar a igreja". -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1895. FD 201 1 Várias mulheres foram ordenadas como diaconisas durante o ministério de Ellen White na Austrália. No dia 10 de Agosto de 1895, a comissão de nomeações da igreja de Ashfield, em Sidney, apresentou seu relatório, que foi aprovado. A ata da secretaria, naquela data, declara: "Imediatamente após a eleição, os oficiais foram chamados para a frente, onde os pastores Corliss e McCullagh separaram o ancião, os diáconos, [e] diaconisas pela oração e imposição das mãos." FD 201 2 Vários anos mais tarde, na mesma igreja, W. C. White oficiou a ordenação dos oficiais. A ata da igreja de Ashfield, de 7 de Janeiro de 1900, declara: "No sábado anterior, os oficiais foram nomeados e aceitos para o ano corrente, e hoje o pastor White ordenou anciãos, diácono e diaconisas, impondo-lhes as mãos". -- AR, 16 de Janeiro de 1986. FD 201 3 4. Mulheres com "Licença Para Pregar", concedida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, durante o ministério de Ellen White: FD 202 1 Algumas das mulheres relacionadas acima foram empregadas pela Igreja. Outras, como Margaret Caro, dentista, eram autônomas, com sustento próprio. -- Arquivos da Associação Geral e Yearbooks FD 202 2 5. Ellen White fez três declarações que, por vezes, são interpretadas como evidência de que ela apoiava o conceito de mulheres ordenadas como ministras do evangelho. FD 202 3 Em 1898, ela declarou que "há mulheres que devem trabalhar no ministério evangélico". Evangelismo, 472. O contexto dessa declaração parece indicar que ela está falando de esposas de pastores. Ela escreveu: FD 202 4 "Tenho recebido cartas de várias, pedindo meu conselho sobre a questão: Devem as esposas de ministros adotar bebês? Aconselharia eu que fizessem esse tipo de trabalho? Para algumas que consideravam favoravelmente esse assunto, respondi: Não; Deus deseja que auxiliem o esposo no seu trabalho. O Senhor não lhes deu filhos para que sejam seus; Sua sabedoria não deve ser questionada. Ele sabe o que é melhor. Consagrem as faculdades a Deus, como obreiras cristãs. Vocês podem ajudar o esposo de muitas maneiras. [...] FD 202 5 "Há mulheres que devem trabalhar no ministério evangélico. Em muitos aspectos elas fariam melhor do que os pastores que negligenciam visitar o rebanho de Deus. Evangelismo, 472. Marido e mulher podem unir-se nessa obra e, quando isso é possível, devem. Está aberto o caminho para mulheres consagradas. Mas o inimigo se agrada de fazer com que mulheres, a quem Deus poderia usar para auxiliar centenas de pessoas, dediquem seu tempo e forças a um pequenino e indefeso mortal que requer cuidado e atenção constantes". -- Manuscript Releases 5:325, 326. FD 202 6 No ano de 1900, Ellen White publicou o volume 6 dos Testemunhos Para a Igreja, que inclui uma seção intitulada "O Colportor, Obreiro Evangélico". Ali, a autora declarou: FD 202 7 "Todos os que desejam uma oportunidade para o verdadeiro ministério, e que se dão sem reservas a Deus, encontrarão na colportagem ocasiões de falar sobre muitas coisas pertencentes à futura vida imortal. A experiência assim adquirida será de grandíssimo valor para os que estão se preparando para o ministério. É a assistência do Espírito Santo de Deus que prepara os obreiros, homens e mulheres, para se tornarem pastores do Seu rebanho". -- Testimonies for the Church 6:322. FD 203 1 Finalmente, em Setembro de 1903, Ellen White escreveu: FD 203 2 "O Senhor chama os que se acham vinculados a nossos hospitais, casas publicadoras e escolas a ensinarem aos nossos jovens a obra evangelística. Nosso tempo e energia não devem ser tão amplamente empregados no estabelecimento de hospitais, fábricas de alimentos e restaurantes, a ponto de outros ramos da obra serem negligenciados. Moços e moças que deveriam envolver-se no ministério, na obra bíblica e no trabalho de colportagem, não deveriam ser postos em outro tipo de trabalho. FD 203 3 "Os jovens devem ser incentivados a freqüentar nossas escolas de preparo para obreiros cristãos, que deveriam tornar-se mais e mais semelhantes às escolas dos profetas. Essas instituições foram estabelecidas pelo Senhor, e se forem conduzidas de acordo com o Seu propósito, os jovens a elas enviados serão rapidamente preparados para engajar-se nas várias linhas de obra missionária. Alguns serão preparados para ingressar no campo como enfermeiros missionários, outros como colportores, e outros como ministros do evangelho". -- Testimonies for the Church 8:229, 230. FD 203 4 6. Ellen White fez duas declarações acerca do chamado para servir ao Senhor como Sua mensageira. Declarou: FD 203 5 "Na idade de setenta e oito anos, estou ainda em atividade. Estamos todos nas mãos do Senhor. Confio nEle; pois sei que Ele nunca deixará nem abandonará os que nele põem a confiança. Estou entregue à Sua proteção. FD 203 6 "E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério". 1 Timóteo 1:12. -- Mensagens Escolhidas 1:35. FD 203 7 "Na cidade de Portland, o Senhor me ordenou como Sua mensageira, e aqui meus primeiros labores foram dedicados à causa da verdade presente". -- The Review and Herald, 18 de Maio de 1911. FD 203 8 Ellen White recebeu sua primeira visão em Dezembro de 1844, em Portland, Maine. Pouco depois, foi impelida pelo Senhor a contar aos outros o que vira. FD 203 9 7. Ellen White não se preocupou com movimentos relativos aos direitos das mulheres. Quando lhe apelaram para que se unisse a outras na cruzada pelo voto feminino, recusou o convite. Escreveu ao seu esposo: FD 203 10 "Visitei a Sra. Graves. Ela tem uma preocupação e, quando soube que eu estava em casa, desejou falar comigo. Disse sentir que precisava expor diante de mim suas idéias. Tem o desejo de que eu analise a questão do voto feminino. Diz que as mulheres devem votar, e relatou muitas coisas de natureza assustadora que foram legalizadas na França e em St. Louis, tendo sido feito um esforço para efetivá-las em Chicago neste ano, mas [o esforço] fracassou. Casas de má fama são legalizadas. Mulheres que viajam sozinhas por essas cidades, se houver pelo menos suspeita a respeito delas, são levadas pelas autoridades e seus casos investigados. Se estão enfermas, são colocadas sob cuidados de médicos, e curadas. Então estão aptas para as visitas de homens, e colocadas nas casas legalizadas onde os homens satisfazem suas concupiscências. Nenhum exame se faz dos homens e, onde essa lei entra em vigor, o crime e a imoralidade se assemelham à condição do mundo existente antes do Dilúvio. FD 204 1 "A Sra. Graves vê a questão como eu, relativamente ao aumento do crime e da desmoralização da sociedade. Diz que as mulheres devem votar, se essa lei deve sofrer oposição. Tivemos uma longa conversa acerca da temperança. Disse-lhe que minha mente não estava preparada para uma questão como essa, de as mulheres votarem. Ela estivera pensando e ocupando-se com essas coisas, e sua mente estava madura quanto ao assunto, enquanto o meu trabalho era de outra natureza. Estávamos fazendo, na questão da temperança, aquilo que nenhum outro tipo de pessoas no mundo fazia. Estávamos a favor de uma forma de restrição tanto contra o tabaco como contra as bebidas alcoólicas". -- Manuscript Releases 10:69. FD 204 2 8. É provável que Ellen White não tenha sugerido, em nenhum momento, que a Igreja Adventista do Sétimo Dia começasse a prática de ordenar mulheres ao ministério evangélico. C. C. Crisler afirmou que ela era muito cautelosa quanto a esse ponto. Aqui está uma correspondência relativa a essa questão. FD 204 3 12 de Março de 1916, Sanatório [Califórnia], Sr. Clarence Crisler, Prezado irmão: "Peço-lhe a gentileza de me informar algo a respeito de separar mulheres que podem dar parte do tempo ao trabalho missionário, pela imposição das mãos em oração, encontrada na Review and Herald, na primeira parte da década de noventa, provavelmente em 1892 ou 1893, da pena da Irmã White. FD 204 4 "A razão pela qual peço isso é que estive recentemente numa reunião em que o pastor Andross separou mulheres pela imposição das mãos e, quando lhe perguntei pela autoridade para fazê-lo, referiu-se ao senhor. Como tenho sido obreira bíblica por vários anos e recentemente recebi uma licença ministerial, desejo essa informação. FD 204 5 "Peço que me responda rapidamente, pois desejo sua informação antes de ir para a União do Sudoeste, que terá reunião no dia 7 de Abril. Por favor, mande-me duas ou três cópias da declaração dela, já que o presidente da nossa Associação quer uma." -- Sra. L. E. Cox, 134 Agarita Avenue, San Antonio, Texas. FD 205 1 22 de Março de 1916, San Antonio, Texas, Sra. L. E. Cox, Querida irmã: "Recebi sua carta do dia 12, perguntando acerca da ordenação de mulheres que dedicam parte do tempo ao trabalho missionário -- em particular, sobre uma declaração que a irmã julga encontrar-se numa Review no início da década de noventa, da pena da Sra. Ellen G. White. FD 205 2 "Como essa indagação exigirá algum estudo e pesquisa da minha parte, e como devo sair pela manhã para Mountain View, por alguns dias, preciso pedir-lhe que me desculpe por não responder dentro dos próximos dias. Após meu retorno, no início da próxima semana, farei o possível para enviar-lhe uma resposta, anexando à mesma, se possível, os extratos solicitados. Posso dizer-lhe, contudo, que não entendo essas declarações como ensinando positivamente a ordenação de mulheres como ministras do evangelho. Suponho, isso sim, que se refiram basicamente à ordenação de mulheres tementes a Deus como diaconisas na igreja local. Mas, quanto a isso, pronunciar-me-ei mais plenamente quando escrever outra vez. FD 205 3 "Espero escrever-lhe por volta do dia 28, para o endereço acima. Caso se ausente de San Antonio para outro lugar, seria bom deixar um pedido de encaminhamento, a fim de que a correspondência mandada para esse endereço a alcance dentro do prazo na União" -- Clarence Crisler. FD 205 4 16 de Junho de 1916, Sra. L. E. Cox, Prezada Irmã: "Na minha resposta com data de 22 de Março, não pude encaminhar-lhe cópia do artigo da Review solicitado, mas me aventurei a dizer: 'Não entendo essas declarações como ensinando positivamente a ordenação de mulheres como ministras do evangelho. Suponho, isso sim, que se refiram basicamente à ordenação de mulheres tementes a Deus como diaconisas na igreja local.' FD 205 5 "Depois de ter escrito, encontrei o artigo em questão e fiz cópia do mesmo. Em anexo, encontrará uma cópia do artigo. The Review and Herald, 9 de Julho de 1895. Também estou encaminhando uma cópia ao presidente de sua Associação, pastor E. L. Neff, e ao presidente da sua União, pastor J. W. Christian, para que saibam o que lhe estou enviando. FD 205 6 "Embora não inclua como parte do meu trabalho a pretensão de interpretar aquilo que foi escrito, creio que posso ser perdoado por expressar, como convicção minha, o pensamento de que esse artigo publicado na Review não se refere à ordenação de mulheres como ministras do evangelho, mas toca na questão de separar, para deveres especiais na igreja local, mulheres tementes a Deus nas igrejas onde as circunstâncias o indiquem. FD 206 1 "E posso acrescentar que a irmã White, pessoalmente, era muito cautelosa quanto a expressar-se de qualquer forma quanto à conveniência de ordenar mulheres como ministras do evangelho. Ela falava freqüentemente dos perigos a que tal prática geral exporia a igreja diante de um mundo contestador; mas até agora não vi, de sua pena, qualquer declaração que parecesse estimular a ordenação formal e oficial de mulheres ao ministério evangélico, ao trabalho público, tal como se espera normalmente de um ministro ordenado. FD 206 2 "Isso não sugere, muito menos diz, que nenhuma mulher está apta para esse trabalho público, e que nenhuma deva ser ordenada algum dia; é simplesmente dizer que, até onde alcance o meu conhecimento, a irmã White nunca encorajou oficiais da igreja a se afastarem do costume geral da igreja nessas questões." -- C. C. Crisler. Conclusão FD 206 3 A questão da ordenação das mulheres não teve prioridade na agenda de Ellen White durante sua vida. Suas melhores energias foram dirigidas a alcançar maior unidade e mais profunda espiritualidade na igreja. ------------------------Apêndice D -- O uso do dízimo FD 207 1 Parte de uma carta escrita por Ellen White no dia 16 de Março de 1897, em sua casa, "Sunnyside", em Cooranbong, Nova Gales do Sul [Austrália], para A. G. Daniells, acerca do uso do dízimo. A íntegra da carta foi publicada em Manuscript Releases 13:281-286. FD 207 2 Envio-lhe hoje de manhã uma carta escrita para a América, e enviada para lá ontem de manhã, a qual lhe mostrará como considero o uso do dinheiro do dízimo para outros propósitos. Este é o fundo especial de receita do Senhor, para um propósito especial. Nunca entendi tão plenamente essa questão como agora a entendo. Tendo havido perguntas dirigidas a mim para que respondesse, recebi instrução específica do Senhor, segundo a qual o dízimo é para um propósito especial, consagrado a Deus para a manutenção daqueles que ministram na sagrada obra como escolhidos do Senhor, para realizar Sua obra não apenas pregando sermões, como também ministrando. Eles devem entender tudo o que isso abrange. Deve haver mantimento na casa de Deus, um tesouro bem abastecido, e não se deve desviá-lo para outros propósitos. Deve haver um esforço especial destinado a despertar o povo de Deus, que crê na verdade, a dar um dízimo fiel ao Senhor, e os ministros devem ser motivados e mantidos por esse dízimo. FD 207 3 Que sempre haverá a tentação de desviar o dinheiro do dízimo para outros canais, nós sabemos; mas o Senhor tem guardado Sua porção para ser usada de modo sagrado para o sustento dos ministros do evangelho. Algumas medidas tomadas podem reduzir a força de trabalho que leva a mensagem da verdade, como está sendo feito, e na América tem sido feito, para fechar a contabilidade do dízimo na tesouraria, mas esse não é o plano do Senhor, e se for iniciado e continuado, reduzirá a bênção de Deus às igrejas que trabalham com esse plano. Pode haver grande escassez de meios se houver afastamento do plano do Senhor. FD 207 4 O Senhor considera o dízimo como Seu, a ser usado para certo propósito, e é uma questão simples -- em lugar de praticar a abnegação que deveríamos, para ajudar a educar alunos, ou em questões temporais, como providenciar instalações para a igreja, o que é necessário -- apropriar-se da porção consagrada do Senhor, que deve ser usada apenas para o sustento de ministros em novos campos, bem como em outros lugares. E isso não deve ser feito de maneira mesquinha. Todas as inconveniências com as quais os obreiros devem deparar-se nesses novos campos precisam ser levadas em consideração. O custo de vida é maior em algumas localidades do que em outras. FD 208 1 Esforços especiais devem ser feitos em favor daqueles que se encontram onde as frutas são escassas, pois poderiam viver de maneira muito mais barata se estivessem onde conseguem obter frutas. Quando são enviados a campos onde se privam de quase tudo por causa da despesa, que se tome cuidadosa consideração dessas questões, e a falta deve ser suprida na medida do possível, mas não subtraindo de seu salário essas coisas extras. Aqueles que estão situados de maneira mais favorável devem partilhar sua prosperidade com os que necessitam das mesmas coisas que são tão abundantemente supridas em seu local. FD 208 2 Nós nos tornaremos muito estreitos, convencidos e egoístas, se não nos guardarmos contra o inimigo que temos de enfrentar e contra o qual combater. Farei algo em favor do irmão Robert Hare. Providenciarei algumas coisas que aliviarão a situação da falta de frutas. Conseguirei uns cem quilos de uvas e [os] transformarei em geléia, para que a usem no pão. Agora veja o que outros podem fazer. Cada um pode fazer um pouco, e enviá-lo ao irmão Hare. Quando visitar o local, pode levar algumas coisas, e nós prepararemos algumas coisas e as enviaremos antes desse tempo. Faremos disso uma oferta de gratidão a Deus, porque nos permite viver em locais onde podemos obter essas coisas e desfrutá-las. Creio que o Senhor nos abençoará ao fazermos isso. FD 208 3 Agora, acerca de educar alunos em nossas escolas. É uma boa idéia; terá que ser executada; mas não permita Deus que, em lugar de praticar a abnegação e sacrificar o eu para fazer esse trabalho, subtraiamos da porção do Senhor, especialmente reservada para manter os ministros em labor ativo no campo, e [...] [conservar] trabalhando aqueles que já são ordenados para o serviço. Podemos facilmente considerar essas questões -- quanto se requer para manter nossa família, de acordo com os membros dessa família. Então que se atue de acordo com essa regra. Não consideremos nossas próprias coisas, mas aquilo que é dos outros. Pratiquemos a regra áurea, e façamos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem em circunstâncias semelhantes. FD 208 4 As fibrosas raízes do egoísmo se arraigarão onde quer que tenham a oportunidade. Desejamos cortar e exterminar cada fibra da raiz do egoísmo. FD 208 5 Se alguém é designado a um campo onde se veja privado de muitas coisas, e enviado ao campo por decisão da Associação, essa mesma autoridade deve assumir sua participação na responsabilidade de fazer com que esse mensageiro de Deus no campo, tanto quanto possível, desfrute o mesmo conforto e situação prazenteira que os membros dessa instituição desfrutam nas suas várias localidades. FD 209 1 Mas não se vê essa consideração cuidadosa, terna, esse discernimento solícito, em tais casos, como deveria haver. Se todos os que têm algo que ver com essas questões deixassem brilhar plenamente os raios do Sol da justiça dentro do coração, abririam as janelas na direção do céu e então difundiriam a luz de todas as formas possíveis aos outros, numa variedade de maneiras. FD 209 2 Todas essas coisas devem ser feitas, como foi proposto, para ajudar os estudantes a obterem educação, mas eu lhes pergunto: "Não devemos todos nós agir nesta questão desinteressadamente, e criar um fundo, e mantê-lo para dele tirar, nessas ocasiões?" Quando se vê um jovem, moço ou moça, que seja promissor, devemos adiantar ou emprestar a soma necessária, com a idéia de que seja empréstimo, e não donativo. Será melhor proceder assim. Então, quando for devolvida a importância, pode ser empregada para educar a outros. Mas esse dinheiro não deve ser tirado do dízimo, e sim de um fundo separado, criado para esse fim. Isso produziria uma sadia retidão, caridade e participação entre nosso povo. Tem de haver atenta consideração e um hábil ajuste da obra na causa de Deus em todos os seus departamentos. Não haja, porém, planos acanhados, mesquinhos, ao usar a porção consagrada para o sustento do ministério; pois então bem cedo o tesouro estará vazio. -- Mensagens Escolhidas 2:209. FD 209 3 A administração do caso do irmão Hickox segue os métodos humanos, não os métodos que o Senhor ordenou. Essa questão me foi apresentada de tal maneira que vejo o perigo de desviar o dízimo para um propósito qualquer, como foi sugerido. O Senhor não Se agrada da maneira como esse caso está sendo resolvido. Que o Senhor nos ajude a todos a ter a unção celestial, a fim de que nenhuma coisa assim se repita. FD 209 4 O irmão Farnsworth está pronto a declarar as decisões de mentes humanas, sem considerar todos os lados da questão para ver se há erros que possam ser cometidos. É muito séria a questão de como se lida com os discípulos do Senhor, aqueles que foram dedicados ao Seu serviço, para realizar a Sua obra. O que os levou a realizar esse tipo de trabalho? O Senhor não está nele. Houve manifestação de falta de fé porque havia um tesouro vazio. Agora, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, os conclamo a não dedicar os meios que devem ser usados no sustento do evangelho a qualquer outro propósito, e que sua fé não falhe ao ver uma carência no suprimento de dízimos, dádivas e ofertas. -- Manuscript Releases 13:281-285. ------------------------Apêndice E -- O relacionamento entre Tiago e Ellen White FD 210 1 Pela primeira vez, o Patrimônio Literário de Ellen G. White publica, na íntegra, as cartas 64, 65, 66 e 67 de 1876. As cartas, assim como outras escritas por Tiago e Ellen White, foram escritas sem qualquer intenção de que fossem publicadas algum dia. Mas, nessas cartas, obtemos informações incomuns de como cristãos devotos lidavam com o estresse conjugal. Por meio dessas cartas, cremos que outros casais podem obter ânimo e aprender a lidar com suas tensões e conflitos. FD 210 2 Empenhamo-nos em colocar as cartas num contexto que mostre o genuíno amor e a afeição entre Tiago e Ellen White durante sua longa vida matrimonial, tanto antes como depois dos derrames de Tiago. Para entender os bastidores das cartas, pedimos-lhe que leia a seção completa, incluindo a declaração inicial. Tiago e Ellen White FD 210 3 Os olhos do Salvador estão sobre Tiago White -- Apresentaremos o seu caso a Deus, querido Tiago, toda vez que orarmos, e enviaremos nossas petições ao trono. Por vezes, tenho a bendita segurança de que Deus me ouviu orar, por meio de Seu querido Filho, e que Sua bênção repousa sobre você, aí em Dansville. Sinto a suave presença de Deus por vezes, quando oro, e a evidência de que Deus coloca sobre você o Seu amor. Embora esteja sofrendo, Jesus está com você, fortalecendo-o e sustentando-o com Seu todo-poderoso braço. Aquele que estendeu a mão para salvar Pedro de submergir nas turbulentas águas, salvará Seu servo que tanto trabalhou pelas pessoas e devotou sua energia à causa de Deus. Sim, Tiago, os olhos do compassivo Salvador estão sobre você. Ele é tocado com o sentimento das suas enfermidades. Ele o ama. Tem compaixão de você como nós não podemos ter. Ele o fará triunfar em Seu precioso nome. Tenha bom ânimo, meu pobre esposo sofredor, espere pacientemente um pouco mais, e verá a salvação de Deus. Sabemos em quem temos crido. Tudo sairá bem, no final. -- Manuscript Releases 10:28. FD 210 4 Ellen sente falta do "braço másculo" de Tiago durante a enfermidade dele -- Ontem, após deixar as carruagens, percorri vinte quilômetros na diligência. O cenário era belo. As árvores, com seus variados matizes, a bela vegetação perene entremeada com elas, a grama verde, as altas e majestosas montanhas, os elevados penhascos rochosos -- tudo é interessante aos olhos. Pude apreciar essas coisas, mas estou só. O braço forte e másculo sobre o qual sempre me apoiei, não me sustenta agora. As lágrimas são o meu quinhão, noite e dia. Meu espírito curva-se constantemente em aflição. Não posso aceitar que seu pai [Tiago White] desça à sepultura. Ah, quem dera que Deus tivesse piedade e o curasse! Edson, meu querido menino, entregue-se a Deus. Onde quer que tenha errado, reconheça isso francamente pela confissão e humildade. Achegue-se a Deus e una-se comigo em interceder junto a Ele por seu restabelecimento. Se nos humilharmos perante Deus e verdadeiramente nos arrependermos de todos os nossos erros, não Se sentirá Ele movido, por amor ao Seu querido Filho, a curar seu pai? -- Manuscript Releases 10:28, 29. FD 211 1 Edson instado a tratar o pai com brandura -- Querido Edson, não reaja asperamente, sob pretexto algum, com respeito à carta escrita por seu pai.* Conserve-se calado; espere e confie; seja fiel; faça toda concessão possível, mesmo que já o tenha feito antes; e que Deus lhe dê um coração brando e terno para com seu pobre, sobrecarregado, desgastado e exaurido pai. -- Manuscript Releases 10:29. FD 211 2 Tiago White, muito atencioso -- Meu esposo é muito atencioso para comigo, procurando de toda maneira tornar meu trabalho e viagens aprazíveis, atenuando a fadiga que causam. É muito alegre e bem disposto. Devemos agora trabalhar e preservar nossas forças com cuidado, pois há mais treze reuniões campais por assistir. -- Manuscript Releases 10:33. ------------------------Cartas FD 212 1 (Escritas nos dias 10, 12, 16e 17 de Maio de 1876) FD 212 2 Em 1973, uma coleção de aproximadamente 2.000 cartas, escritas entre 1860 e 1899, foi adquirida pelo Patrimônio Literário de Ellen G. White. Originalmente endereçadas para Lucinda Hall, uma das amigas mais íntimas de Ellen White, as cartas foram escritas por adventistas bem conhecidos, como Tiago e Ellen White, Kellogg, Loughborough, Amadon e Haskell. A história de como a coleção chegou ao Patrimônio Literário White foi contada pelo pastor Arthur White, na The Review and Herald, 16 de Agosto de 1973. FD 212 3 Nessa coleção, havia 48 cartas anteriormente desconhecidas, escritas por Ellen White. A maioria consiste de cartas noticiosas, como as que uma amiga escreve a outra. Mas Ellen considerava Lucinda mais do que uma amiga casual. No dia 14 de Julho de 1875, ela escreveu: FD 212 4 "Como gostaria de vê-la, Lucinda. [...] Como senti sua falta nesta viagem. Não que não tenha amigos, mas você é a mais chegada e querida, próxima de minha família, e não faria diferença se fizesse parte dela e meu sangue corresse em suas veias". -- Carta 48, 1875; Manuscript Releases 10:33. FD 212 5 Devido à sua proximidade especial com Lucinda, Ellen White desabafou para a amiga algumas questões familiares, numa série de quatro cartas escritas entre 10 e 17 de Maio de 1876. Considerando as circunstâncias com as quais se esforçava para conviver na época, era muito humano que Ellen White fizesse isso. Mas, apenas um dia após ter escrito a terceira carta, arrependeu-se do que fizera. Na última da série, datada de 17 de Maio de 1876, Ellen White começou dizendo: FD 212 6 "Lamento ter escrito essas cartas. Fossem quais fossem os meus sentimentos, eu não precisaria ter incomodado você com elas. Queime todas as minhas cartas, e não mais lhe relatarei questões que me deixam perplexa. [...] Não serei culpada de proferir uma palavra novamente, sejam quais forem as circunstâncias. O silêncio, em todas as coisas de natureza desagradável ou desconcertante, tem sido sempre uma bênção para mim. Quando me afasto desse procedimento, tenho que lamentar muito". -- Carta 67, 1876. FD 212 7 Mas Lucinda não destruiu as cartas, conforme a solicitação. Foi assim que passaram a ser propriedade do Patrimônio Literário White, em 1973. O Patrimônio, sem saber como lidar com essas quatro cartas, deixou-as de lado, e não as colocou no arquivo costumeiro. Desde então, alguns têm sugerido que o Patrimônio White queime as cartas, em harmonia com o pedido original de Ellen White. Mas outros acham que as cartas devem ser preservadas, por duas razões: (1) A situação enfrentada pelo Patrimônio Literário White é diferente daquela de Lucinda Hall. Foi feito a Lucinda o pedido para queimar as cartas. Como ela não o fez, a comissão do Patrimônio White devia considerar o pedido à luz de sua própria situação. Os críticos poderiam acusar o Patrimônio de destruir não apenas essas cartas, mas outras correspondências e manuscritos; (2) O relato de como Ellen White enfrentou um período extremamente difícil de sua vida poderia ser um auxílio a pessoas que estivessem vivendo circunstâncias semelhantes hoje. FD 213 1 Como muitas pessoas estão a par da situação familiar com a qual Ellen White lutava na época, e com a esperança de que outros que estejam vivendo circunstâncias semelhantes hoje recebam coragem através delas, num contexto adequado para ajudar a entendê-las, essas cartas estão sendo aqui disponibilizadas. O contexto das cartas FD 213 2 Qualquer pessoa que tenha lidado com vítimas de derrame pode identificar-se com Ellen White quando ela escreveu: "Não perdi o amor por meu esposo, mas não consigo explicar as coisas". -- Carta 67, 1876. Uma semana antes, ela escrevera: "Não posso deixar de ter apreensão quanto ao perigo do humor instável de Tiago". -- Carta 64, 1876. Para a esposa e os associados, foi muito difícil entender a mudança de personalidade revelada por Tiago White nos anos após 1865, durante os quais sofreu vários derrames. FD 213 3 Antes da enfermidade, Tiago White era um líder dinâmico e vigoroso. Após seus derrames, porém, experimentou graves mudanças de personalidade. De tempos em tempos, parecia voltar à sua antiga maneira de ser, porém, com freqüência, se mostrava desconfiado e exigente. Era essa a situação que Ellen White enfrentava na época em que escreveu as quatro cartas para Lucinda. FD 213 4 Sem fazer rodeios, Tiago White se expressava com frequência de modo veemente. Em sua autobiografia, escreveu o seguinte acerca de um homem que o criticara: FD 213 5 "Ver um homem tosco, empedernido, possuindo em sua natureza uma ternura pouco maior que a de um crocodilo, e destituído de formação moral e religiosa quase tanto quanto uma hiena, derramando lágrimas hipócritas para impressionar, é suficiente para provocar diversão ao mais circunspecto santo". -- LI, 115, 116. FD 213 6 A força da personalidade de Tiago White foi um patrimônio de valor incalculável durante os anos de formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Com as visões de sua esposa a desafiá-lo constantemente, o pastor White deu início às publicações, erigiu instituições, promoveu a organização da igreja e alimentou espiritualmente o rebanho. Além disso, atuou por dez anos como presidente da Associação Geral. (A história de sua vida é contada por Virgil Robinson, numa biografia intitulada James White, publicada pela editora Review and Herald, em 1976.) FD 214 1 Mas, quando essa forte personalidade, alterada por uma série de derrames, voltou-se contra a família e associados -- incluindo a esposa -- Ellen viu sua força e paciência distendidas quase ao limite. Uma pessoa que leia apenas estas quatro cartas obterá, certamente, um quadro distorcido do relacionamento entre Tiago e Ellen White. Deve-se conservar em mente o tipo de declaração como a que segue, escrita por Tiago acerca de Ellen: FD 214 2 "O casamento marca uma importante etapa na vida dos homens. 'O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do Senhor'. Provérbios 18:22. [...] Casamo-nos no dia 30 de Agosto de 1846 e, daquela hora até o presente, ela tem sido meu diadema de júbilo". -- Lar sem Sombras, 125, 126. FD 214 3 Mesmo na enfermidade, Tiago percebeu que, por vezes, seus atos não estavam em harmonia com suas boas intenções. Em 1879, escreveu aos filhos: FD 214 4 "Desejo agora chamar-lhes a atenção para um assunto de grave importância. Provavelmente, queridos filhos, posso ter errado em algumas coisas cortantes que escrevi, relativas aos erros de cabeças mais jovens. É da minha natureza revidar quando pressionado além da medida. Bem que gostaria de ser um homem melhor". -- Tiago White para Willie e Mary, 27 de Fevereiro de 1879. FD 214 5 Não sabemos tudo o que aconteceu após ter sido escrita a quarta carta, mas, em menos de dez dias, Ellen estava ao lado do esposo na reunião campal de Kansas. FD 214 6 No dia 16 de maio, o mesmo dia em que foi escrita a terceira das quatro cartas para Lucinda, Ellen escreveu para o esposo: FD 214 7 "Aflige-me o fato de eu ter dito ou escrito algo que o afligisse. Perdoe-me, e serei cautelosa para não abordar qualquer assunto que o incomode ou angustie". -- Carta 27, 1876. FD 214 8 Tiago, desafortunadamente, nunca se recuperou por completo de sua enfermidade. Tinha alguns dias bons, mas esses eram entremeados com períodos de depressão. Um comentário, feito pelo presidente da Associação Geral, dois anos após a morte de Tiago White, indica a interpretação compreensiva que seus colegas próximos davam aos seus atos induzidos pela doença: FD 214 9 "Nosso querido Irmão White achava que éramos seus inimigos porque não víamos as coisas como ele. Nunca lancei qualquer acusação contra esse homem de Deus, esse nobre pioneiro que tão arduamente trabalhou por esta causa. Atribuo tudo à sua doença e enfermidade" G. I. Butler para J. N. Andrews, 25 de Maio de 1883. FD 215 1 Essa visão geral das circunstâncias nas quais Ellen White escreveu as quatro cartas para Lucinda Hall (10 a 17 de Maio de 1876) é breve, mas cremos que apresenta uma perspectiva necessária para os leitores que examinam as únicas cartas que Ellen White solicitou que fossem queimadas. Patrimônio Literário de Ellen G. White, 6 de Agosto de 1987 FD 215 2 Querida Irmã Lucinda: Recebemos sua carta ontem à noite. Também recebemos uma de Tiago. Lucinda, não tenho planos, agora, de trocar uma certeza por uma incerteza. Posso escrever mais, e estou livre. Se eu tiver de ir para o Leste, a felicidade de Tiago pode repentinamente transformar-se em queixas e irritação. Estou completamente desgostosa com esse estado de coisas, e não pretendo me colocar onde houver o menor risco de que ocorra. Quanto mais penso no assunto, mais resolvida e determinada me sinto, a menos que Deus me dê luz, de permanecer onde estou. Posso nunca ter uma oportunidade como esta com que Deus me favoreceu no momento. Devo trabalhar conforme Deus dirige. Rogo e suplico por luz. Se for meu dever assistir às reuniões campais, saberei. FD 215 3 Mary agora está segura. Posso perdê-la se eu for para o Leste. Satanás tem-me impedido por longos anos de escrever, e agora não me posso desviar disso. Não posso deixar de ter apreensão quanto ao perigo do humor instável de Tiago, seus fortes sentimentos, suas censuras, sua maneira de me ver à luz de suas idéias, falando-me francamente de estar eu sendo conduzida por um espírito errado, dizendo que lhe restrinjo a liberdade, etc. Não é fácil passar por cima de tudo isso e colocar-me voluntariamente na posição em que ele seja um estorvo no meu caminho e eu no dele. FD 215 4 Não, Lucinda, não participarei de reuniões campais nesta temporada. Deus, em Sua providência, tem-nos dado a cada um nosso trabalho, e o faremos separadamente, independentemente. Ele está feliz, eu estou feliz; mas a felicidade pode transformar-se totalmente caso nos encontremos, receio eu. Valorizo seu discernimento, mas devo ser deixada livre para fazer o meu trabalho. Não suporto o pensamento de prejudicar a obra e a causa de Deus com tal depressão como a que tenho experimentado, de maneira totalmente desnecessária. Meu trabalho está em Oakland. Não me moverei um passo na direção leste a menos que o Senhor diga: "Vai". Então, sem murmurar, irei alegremente; não antes. FD 215 5 Grande parte da utilidade da minha vida se perdeu. Se Tiago se houvesse retratado, seria diferente. Ele disse que não devemos procurar controlar um ao outro. Não reconheço tê-lo feito, mas ele sim, e muito mais. Nunca me senti como agora, acerca desse assunto. Não posso ter confiança no discernimento de Tiago com referência ao meu dever. Ele parece querer mandar em mim como se eu fosse criança -- diz que não devo vir para cá, que devo ir para o Leste, por receio quanto à influência da irmã Willis ou por medo de que eu vá para Petaluma, etc. Espero que Deus não me haja deixado a receber minhas incumbências através do meu marido. Ele me ensinará, se eu nEle confiar. FD 216 1 Estou alegre e feliz. Meus nervos estão se acalmando. Meu sono é tranqüilo. Minha saúde é boa. Espero não ter escrito nada errado, mas são estes os meus sentimentos, e ninguém sabe, a não ser você, alguma coisa sobre isso. Que o Senhor me ajude a agir e sentir corretamente. Se as coisas fossem diferentes, eu sentiria ser meu dever ir às reuniões campais. Assim como estão, não tenho o dever. Deus me abençoa no meu trabalho. Se eu receber luz num sonho ou de outra maneira, seguirei alegremente a luz. Deus vive e reina. Responderei ao Seu chamado e buscarei fazer Sua vontade. Afetuosamente. -- Carta 64, 1876, 10 de Maio de 1876. Querida Irmã Lucinda: FD 216 2 Gostaria que você me mandasse algumas notícias. Escreva com freqüência. FD 216 3 Decidi permanecer aqui e não assistir a nenhuma das reuniões campais. Não me atrevo a ir para o Leste sem a garantia de que Deus gostaria que eu fosse. Sinto-me perfeitamente disposta a ir, se a luz brilhar nessa direção. Mas o Senhor sabe o que é melhor para mim, para Tiago e para a causa de Deus. Meu esposo está feliz agora -- bendita notícia. Se ele tão-somente continuar feliz, eu estaria disposta a permanecer longe dele. Se a minha presença é prejudicial à sua felicidade, Deus me impeça de estar ligada a ele. Farei meu trabalho conforme Deus me conduzir. Ele pode fazer o seu trabalho conforme Deus o conduzir. Não nos colocaremos no caminho um do outro. Meu coração está firme, confiante em Deus. Esperarei que Deus abra o caminho diante de mim. FD 216 4 Creio que meu esposo não deseja realmente a minha companhia. Ele se alegraria se eu estivesse presente às reuniões campais, mas tem algumas idéias a meu respeito, como já as expressou livremente, de que não me sinto feliz na sua companhia, e nunca poderei, enquanto ele não encarar a questão de modo inteiramente diferente. Ele põe a culpa de boa parte de sua infelicidade sobre mim, quando ele mesmo a produziu por sua falta de autocontrole. Essas coisas existem, e não posso viver em harmonia com ele até que ele veja as coisas de maneira diferente. Não posso ser e não serei uma entrevada como tenho sido. -- Carta 65, 1876, 12 de Maio de 1876. Querida Lucinda: FD 216 5 Uma carta que recebi do meu esposo ontem à noite mostra que ele está preparado para mandar em mim e assumir posições mais exasperantes do que nunca. Decidi não assistir a nenhuma reunião campal nesta temporada. Ficarei aqui e escreverei. Meu esposo pode trabalhar melhor sozinho. Tenho certeza de que eu posso. FD 217 1 Ele escreve [que] Walling quer que eu leve as crianças para a planície, a fim de assistirem ao Centenário. Mas elas atravessaram a planície pela última vez, pagando cinqüenta dólares. Se ele as quer, pode vir buscá-las. Eu poderia enviá-las com o irmão Jones, mas seria para não tê-las mais sob meus cuidados. Tenho muita preocupação em preparar essas crianças para uma viagem que seja. Tiago não expressou sua idéia quanto à questão. Ele desaprova os esboços em Signs. Deveria parar exatamente aqui. Ele só menciona uma coisa, a inclusão do nome de [Israel] Dammon. Acho que ele ficaria satisfeito se me pudesse controlar por completo, alma e corpo, mas isso ele não pode. Às vezes, acho que ele não é realmente um homem equilibrado, mas não sei. Que Deus me mostre, conduza e guie. A última carta dele me fez decidir categoricamente permanecer deste lado das montanhas. FD 217 2 Nas cartas para mim, ele tem escrito asperamente a respeito de Edson, e depois diz que não escreveu para me desafiar. Não queria que eu fizesse qualquer referência a Edson. Eu escrevi assim -- dou-lhe as palavras, pois ele devolveu a carta: "Se estiver feliz, por favor mostre-se agradecido e não agite questões desagradáveis sobre as quais se sente impelido a me escrever, e nem faça referência a elas. Por favor, tome os mesmos cuidados a seu respeito. Quando desejar fazer essas declarações com referência ao seu próprio filho, por favor deponha a pena e pare exatamente aí. Creio que Deus ficaria mais satisfeito, e isso não causaria dano à sua alma. Deixe-me ser guiada pelo Senhor com referência a Edson, pois ainda creio na Sua mão guiadora e tenho confiança em que Ele me conduzirá. A mesma mão guiadora é a minha confiança." FD 217 3 Ele se sente impelido a me alertar quanto ao perigo de eu ser iludida por Edson e enganada por ele. Ele acha que deve me escrever acerca do meu risco de ser enganada pela irmã Willis, com respeito a ser chamada para Petaluma, etc. Espero [que] por ocasião da partida do meu esposo, ele não tenha levado a Deus consigo e nos deixado a andar à luz de nossos próprios olhos e com a sabedoria de nosso coração. FD 217 4 Em sua última [carta] ele repete [que] não deseja que eu faça qualquer referência ao que ele escreve, até "ver as coisas de modo diferente. E tenha certeza disto, de que nenhuma dessas coisas me faz perder um fio de cabelo. Ficarei feliz por encontrar você e Mary na reunião campal de Kansas, desde que, exceto por uma revelação direta de Deus, me coloque no mesmo nível que você ocupa. Alegremente trabalharei com você, mas, embora encarregado da supervisão do trabalho todo, acho errado ser o segundo nas opiniões particulares de qualquer um. Neste momento, posso ser dobrado pela vontade da infalibilidade alheia. Não mais entrarei em controvérsias com minha querida esposa. Ela pode chamar isto de uma ironia e agir a seu modo. Se ela não gosta da minha posição com referência a Edson ou a outras questões, faria o favor de [manter] sua opinião para si mesma e deixar que eu tenha a minha? Suas observações me provocaram. E agora, que não suporta que eu fale com igual franqueza, basta. FD 218 1 "Quanto à sua vinda para Kansas, não me sinto nem um pouco ansioso. A julgar pelo que concluo dessa última página, acho que podemos trabalhar melhor separados do que juntos, até que você abandone seus contínuos esforços em me condenar. Quando tiver uma mensagem do Senhor para mim, espero estar onde eu estremeça diante de Sua palavra. Mas, fora isso, deve permitir que eu seja igual a você, ou então é melhor trabalharmos sozinhos. FD 218 2 "Não continue ansiosa quanto ao fato de eu me deter em questões desagradáveis. Tenho-as no coração. Enquanto eu permanecer no palco da ação, usarei a velha e boa cabeça que Deus me deu, até que Ele revele que estou errado. Sua cabeça não se encaixa nos meus ombros. Conserve-a no devido lugar, e eu procurarei honrar a Deus usando a minha. Ficarei contente com suas notícias, mas não perca seu precioso tempo e forças repreendendo-me em questão de meras opiniões." FD 218 3 E há mais coisas do mesmo tipo. FD 218 4 Bem, Lucinda, minha direção está clara. Não cruzarei a planície neste verão. Ficaria feliz por dar meu testemunho nas reuniões, mas isso não aconteceria sem resultados piores. FD 218 5 Por que você não me escreve algo com referência a essas coisas? Por que permanece tão calada? Como está a saúde de Tiago? Tive um sonho que me perturbou, em relação com Tiago. FD 218 6 O que pensa a respeito das crianças? Apressadamente. -- Carta 66, 1876, 16 de Maio de 1876. FD 218 7 [As seguintes frases estão escritas na margem da primeira página da carta.] "May não gosta desse arranjo de Walling, de mandar a família para o Centenário. Ela não quer ver Walling, e se opõe a ir para o Leste. Eu não irei para o Leste. Estou decidida. Não recebi luz quanto a ir para algum lugar. EGW." Querida irmã Lucinda: FD 218 8 Lamento ter escrito essas cartas. Fossem quais fossem os meus sentimentos, eu não precisaria haver incomodado você com elas. Queime todas as minhas cartas, e não mais lhe relatarei questões que me deixam perplexa. O Portador [de pecados] é o meu refúgio. Ele me convida a ir a Ele para repousar quando estou cansada e sobrecarregada. Não serei culpada de proferir uma palavra novamente, sejam quais forem as circunstâncias. O silêncio, em todas as coisas de natureza desagradável ou desconcertante, tem sido sempre uma bênção para mim. Quando me afasto desse procedimento, tenho que lamentar muito. FD 219 1 Quando você partiu, sabia que não havia ninguém com quem eu pudesse conversar, por mais aflita que me sentisse; mas isso não é desculpa. Escrevi para Tiago uma carta de confissão. Você pode ler todas as cartas que vêm de Oakland para ele, e depois enviá-las [para ele] onde estiver. Não sei aos cuidados de quem mandar cartas para Kansas. FD 219 2 Ontem à noite, recebi uma carta de Tiago expressando um tom muito [diferente] de sentimentos. Mas não me atrevo a atravessar a planície. É melhor para nós dois estarmos separados. Não perdi o amor por meu esposo, mas não consigo explicar as coisas. Não assistirei a nenhuma das reuniões campais do Leste. Permanecerei na Califórnia, para escrever. FD 219 3 As últimas cartas fizeram com que me decidisse plenamente. Considero-as a luz que pedi. Eu teria ido à reunião de Kansas, mas me senti impedida de partir. Está certo. O Senhor sabe o que é melhor para todos nós. FD 219 4 Não tenho certeza de que era seu dever ir para o Leste, quando foi. Se você tivesse permanecido, eu poderia ter realizado muito mais. Compreendo, porém, todas as circunstâncias, e não tenho uma palavra de censura para lançar sobre você ou meu esposo ou qualquer outra pessoa. FD 219 5 Tenho escrito, freqüentemente, vinte páginas por dia. Deixei de lado Sketches of Life. Mandamos mais duas provas [do testemunho]. Uma prova mais o completará. Mary Clough continua a mesma; ela trabalha com interesse e disposição. Shew se mostra cada vez mais um precioso auxiliar; não sei como manteríamos a casa sem ele. Ele faz pão, excelentes tortas, pãezinhos doces, e cozinha legumes. Tudo o que lhe estão pagando até agora são dois dólares por semana, e nas duas últimas semanas, dois e meio. Pagarão três dentro de mais duas semanas. Mary [o está ensinando] a cozinhar. Ele é caprichoso; toma conta da casa toda. FD 219 6 Onde está Frankie Patten? Ela virá ou não? Por que você não diz algo sobre essas coisas? FD 219 7 Carinho para todos. -- Carta 67, 1876, 17 de Maio de 1876. FD 219 8 De Oakland, Califórnia, Ellen escreveu o seguinte para "Querido Esposo", no dia 16 de Maio de 1876, mesmo dia em que foi escrita a terceira carta para Lucinda Hall. FD 219 9 Aflige-me o fato de eu ter dito ou escrito algo que o afligisse. Perdoe-me, e serei cautelosa para não abordar qualquer assunto que o incomode ou angustie. Estamos vivendo num tempo muitíssimo solene e não podemos ter diferenças que separem nossos sentimentos, em nossa idade avançada [Ellen tinha 48, e seu marido 54 anos de idade, quando esta carta foi escrita]. Posso não ver todas as coisas como você as vê, mas não creio que seria minha função ou dever tentar fazer com que você veja como vejo e sinta como sinto. Se eu tiver feito isso, desculpe-me. FD 220 1 Desejo um coração humilde, um espírito manso e quieto. Se em alguma ocasião permiti que meus sentimentos se exaltassem, foi um erro. Jesus disse: "Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma". Mateus 11:29. FD 220 2 Desejo que o eu se oculte em Jesus. Desejo que o eu seja crucificado. Não reivindico infalibilidade ou mesmo perfeição do caráter cristão. Não estou isenta de erros e equívocos na minha vida. Tivesse eu seguido meu Salvador mais de perto, não teria que lamentar tanto a minha dessemelhança com Sua preciosa imagem. FD 220 3 O tempo é breve, muito breve. A vida é incerta. Não sabemos quando se encerrará nosso tempo de graça. Se andarmos humildemente diante de Deus, Ele nos permitirá encerrar nossos labores com júbilo. Não mais traçarei uma linha ou expressão numa carta para afligir você. Mais uma vez repito, perdoe-me por toda palavra ou ato que lhe magoou. FD 220 4 Tenho fervorosamente orado por luz com referência a ir para o Leste, e agora decidi que meu trabalho é aqui, para escrever e fazer as coisas que o Espírito de Deus ditar. Busco sinceramente a vida superior. Mary e eu estamos trabalhando tanto quanto podemos. Deus, em Sua providência, deu-me o meu trabalho. Não ouso deixá-lo. Oraremos para que Deus o sustenha, mas não vejo luz para mim no Leste. -- Manuscript Releases 20:23. FD 220 5 Alguns dias mais tarde, Ellen aparentemente mudou de idéia e se uniu ao seu esposo para a série de reuniões campais do verão de 1876. Cumpriram compromissos em 14 reuniões campais, trabalhando em perfeita harmonia. Retornando a Battle Creek, cumpriram os prazos de publicação do Spirit of Prophecy, v. 2. E voltaram juntos para a Califórnia, onde reassumiram o trabalho. FD 220 6 Tiago White recupera-se de outro derrame -- Nossa reunião campal terminou. Estamos todos em casa novamente. Papai enfrentou a reunião campal tão bem quanto se poderia esperar. Ele se recupera muito lentamente -- não come o suficiente para manter as forças. Realizamos preciosas reuniões de oração em seu favor e nossa fé está sendo testada, mas não desanimamos. FD 220 7 Estou satisfeita porque ele teve um ataque de paralisia. Está muito quieto, nada exigente, mas paciente, terno e bondoso. O atendimento recai principalmente sobre mim. Ele parece sentir que, se estou ao seu lado, ele se tranqüiliza. Mas nossa fé reclama as promessas de Deus por seu completo restabelecimento. Cremos que assim será. Deus tem uma grande obra para ele e para mim. Teremos forças para executá-la. FD 220 8 Deus tem-me ajudado a carregar meu duplo fardo, nas cinco reuniões campais a que assisti. Sinto-me com a maior coragem. Tenho trabalhado excessivamente e Deus me ajuda. Pretendo agora terminar meu livro e depois deixar de escrever por um pouco. -- Manuscript Releases 10:36, 37. FD 221 1 Tiago White volta a ser ele mesmo -- Falei com grande espontaneidade por uma hora. Todos estavam profundamente atentos. Mas a melhor parte da questão foi que Papai foi à plataforma, cantou e orou como ele mesmo. Isso é obra de Deus, e Seu nome receberá toda a glória. -- Manuscript Releases 10:36. FD 221 2 Algumas semanas após a morte de Tiago White -- Sinto cada vez mais a falta de Papai. Sinto especialmente a sua perda aqui, nas montanhas. Acho uma coisa muito diferente estar nas montanhas com meu esposo e nas montanhas sem ele. Tenho plena convicção de que minha vida estava tão entrelaçada e entretecida com a de meu esposo, que é praticamente impossível que ela signifique alguma grande coisa sem ele. -- Carta 17, 1881. FD 221 3 Anos após a morte de Tiago White -- Então meu marido, o fiel servo de Jesus Cristo, que por trinta e seis anos estivera ao meu lado, foi-me arrebatado, e fui deixada a labutar sozinha. Ele dorme em Jesus. Não tenho lágrimas para derramar sobre o seu túmulo. Quanto, porém, lhe sinto a falta! Como almejo suas palavras de conselho e sabedoria! Como desejaria ouvir suas orações unidas às minhas, pedindo luz e guia, sabedoria para saber como planejar e dirigir a obra! -- Mensagens Escolhidas 2:259. FD 221 4 Meu esposo faleceu em 1881. Desde então, tenho realizado mais trabalho do que em toda a minha vida anterior, assumindo responsabilidades, escrevendo e publicando livros. Quando meu esposo estava à morte, prometi-lhe que, com o auxílio dos meus dois filhos, levaria avante a obra que ele e eu realizávamos unidos, se o Senhor Se agradasse em me dar forças. Não tenho considerado a minha comodidade. Tenho-me recusado a falhar ou ficar desanimada. Não me foi contado com palavras que verei meu esposo na Cidade de Deus. Espero não necessitar da evidência de palavras para ter essa certeza. Tenho a evidência da Palavra de Deus de que meu esposo amou a verdade e guardou a fé. E tenho a certeza de que, se eu prosseguir confiante e fielmente, fazendo a vontade de Deus como fiel mensageira, meu esposo e eu nos reuniremos no reino de Deus. Não tenho uma partícula de dúvida quanto ao preparo do meu esposo ao depor a armadura. FD 221 5 O ano [seguinte] ao do falecimento do meu esposo foi o mais penoso que já vivi. Todavia, desde que o poder doador de vida veio sobre mim na grande tenda na reunião campal de Healdsurg, tenho sentido, de modo especial, que o Senhor me poupou a vida a fim de que levasse uma mensagem definida, e que os anjos de Deus estão ao meu lado. Não fosse a evidência de que o Senhor é o meu auxiliador, não poderia trabalhar como trabalho. Enquanto Ele me poupar a vida, desempenharei fielmente o meu dever. Não estou fazendo a minha obra, mas a obra do Senhor. FD 222 1 Agora, minha irmã, temos o direito de tomar o Senhor por Sua palavra. Jamais pedi que Deus me revelasse se serei salva, ou se meu esposo se salvará. Creio que, se viver em obediência aos mandamentos de Deus, e não desanimar, porém andar na luz como Cristo está na luz, encontrarei por fim meu Salvador e Lhe verei a face. Para isso me esforço. Não confiarei no homem ou farei da carne a minha arma. Tenho a promessa de que, se for fiel em levar as mensagens que Deus me dá, receberei a coroa da vida. Receber essa coroa depende de eu crer na mensagem da verdade e receber pela fé a promessa de Deus, de que terei Sua graça para sustentar-me ao desempenhar os deveres que requer de mim. Se me desincumbir fielmente do meu dever, aquilo que os outros escolherem fazer não será lançado na minha conta por não tê-los advertido. -- Carta 82, 1906.* ------------------------Fundamentos da Educação Cristã FEC 5 1 Prefácio FEC 15 1 Capítulo 1 -- A devida educação FEC 47 1 Capítulo 2 -- Cristo como educador FEC 50 1 Capítulo 3 -- Um apelo a nossos estudantes FEC 57 1 Capítulo 4 -- Pensamentos sobre educação FEC 62 1 Capítulo 5 -- Uma visita a College City FEC 64 1 Capítulo 6 -- O lar e a escola FEC 71 1 Capítulo 7 -- A importância do preparo físico FEC 77 1 Capítulo 8 -- A integridade de Daniel sob a prova FEC 82 1 Capítulo 9 -- A importância da educação FEC 92 1 Capítulo 10 -- O perigo de ler livros de ficção e de autores incrédulos FEC 95 1 Capítulo 11 -- As escolas dos antigos Hebreus FEC 100 1 Capítulo 12 -- Namoro e casamento FEC 107 1 Capítulo 13 -- A importância do preparo na obra de Deus FEC 113 1 Capítulo 14 -- A devida educação dos jovens FEC 123 1 Capítulo 15 -- O valor do estudo da Bíblia FEC 129 1 Capítulo 16 -- O Livro dos livros FEC 139 1 Capítulo 17 -- Responsabilidade dos pais FEC 145 1 Capítulo 18 -- Educação e saúde FEC 149 1 Capítulo 19 -- Educação no lar FEC 162 1 Capítulo 20 -- Ébrios mentais FEC 167 1 Capítulo 21 -- Livros em nossas escolas FEC 174 1 Capítulo 22 -- O mestre da verdade, o único educador seguro FEC 181 1 Capítulo 23 -- Os tesouros com que abastecer a mente FEC 186 1 Capítulo 24 -- A ciência da salvação, a principal das ciências FEC 191 1 Capítulo 25 -- O caráter cristão exemplificado nos professores e estudantes FEC 196 1 Capítulo 26 -- O mundo não conheceu a Deus por sua própria sabedoria FEC 201 1 Capítulo 27 -- A relação da educação para com a obra de Deus FEC 212 1 Capítulo 28 -- A necessidade de obreiros preparados FEC 220 1 Capítulo 29 -- Aos professores e estudantes FEC 231 1 Capítulo 30 -- A melhor educação e seu objetivo FEC 236 1 Capítulo 31 -- Cristo como mestre FEC 242 1 Capítulo 32 -- A educação mais essencial para obreiros evangélicos FEC 245 1 Capítulo 33 -- Estudantes decidindo o seu destino eterno FEC 253 1 Capítulo 34 -- Um mal: a formalidade, não a organização FEC 260 1 Capítulo 35 -- Aos professores FEC 277 1 Capítulo 36 -- Suspensão de estudantes FEC 285 1 Capítulo 37 -- Aos estudantes do colégio de Battle Creek FEC 291 1 Capítulo 38 -- Precisa-se de estudantes que cooperem com Deus FEC 297 1 Capítulo 39 -- Palavras aos estudantes FEC 307 1 Capítulo 40 -- Estudai a Bíblia por vós mesmos FEC 310 1 Capítulo 41 -- Trabalho e educação FEC 328 1 Capítulo 42 -- O fundamento da verdadeira educação FEC 331 1 Capítulo 43 -- Cuidado com as imitações! FEC 334 1 Capítulo 44 -- Rápido preparo para a obra FEC 368 1 Capítulo 45 -- A educação essencial FEC 373 1 Capítulo 46 -- Educação diligente e completa FEC 381 1 Capítulo 47 -- Livros e autores em nossas escolas FEC 390 1 Capítulo 48 -- O livro divino FEC 392 1 Capítulo 49 -- Educação mais elevada FEC 397 1 Capítulo 50 -- O mestre divino FEC 405 1 Capítulo 51 -- Verdadeira educação FEC 416 1 Capítulo 52 -- Educação manual FEC 421 1 Capítulo 53 -- Influência educacional dos arredores FEC 425 1 Capítulo 54 -- Importância da cultura física FEC 429 1 Capítulo 55 -- A verdadeira educação mais elevada FEC 438 1 Capítulo 56 -- O exemplo de Cristo em contraste com o formalismo FEC 442 1 Capítulo 57 -- Um exemplo divino FEC 444 1 Capítulo 58 -- A Bíblia, o livro mais importante para a educação em nossas escolas FEC 454 1 Capítulo 59 -- Correta disciplina colegial FEC 467 1 Capítulo 60 -- A Bíblia em nossas escolas FEC 475 1 Capítulo 61 -- Testemunho especial acerca de política FEC 487 1 Capítulo 62 -- Semear junto a todas as águas FEC 488 1 Capítulo 63 -- A obra de nossos educandários FEC 492 1 Capítulo 64 -- Devemos estabelecer-nos ao redor de nossas instituições? FEC 498 1 Capítulo 65 -- Lições da vida de Salomão FEC 504 1 Capítulo 66 -- Os professores como exemplos de integridade cristã FEC 512 1 Capítulo 67 -- O essencial na educação FEC 516 1 Capítulo 68 -- Uma mensagem aos professores FEC 520 1 Capítulo 69 -- Providência em favor de nossas escolas FEC 525 1 Capítulo 70 -- Professor, conhece-te a ti mesmo FEC 529 1 Capítulo 71 -- A obra à nossa frente FEC 533 1 Capítulo 72 -- Conselho aos professores FEC 541 1 Capítulo 73 -- O verdadeiro ideal para nossos jovens FEC 547 1 Capítulo 74 -- Mensagem para os nossos jovens ------------------------Prefácio FEC 5 1 A primeira coleção de artigos da pena da Sra. Ellen G. White sobre o assunto da Educação Cristã foi publicada em 1886. O panfleto que continha essa instrução intitulava-se: "Seleções dos Testemunhos a Respeito do Assunto da Educação." Em 1893 saiu uma reedição ampliada desta pequena obra, sob o título: "Educação Cristã." Mais tarde foi publicado um suplemento contendo matéria adicional. Em 1897 publicou-se a obra "Testemunhos Especiais Sobre Educação". Este pequeno volume continha artigos de incalculável valor para nossos professores. As instruções desse livro nunca dantes haviam sido editadas e constituíam a maior parte dos escritos da autora sobre educação durante os anos 1893 a 1896. Em 1900 obteve-se um copyright para Testimonies, volume 6. Este livro continha uma extensa seção sobre educação e realçava a necessidade de reforma educacional. FEC 5 2 O livro Educação foi publicado em 1903, e tratava dos problemas e princípios mais amplos na obra educacional, ao passo que em 1913 foi publicada pela primeira vez a obra Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, ocupando-se com as numerosas particularidades comuns na prática educacional. FEC 5 3 Os artigos deste volume foram extraídos de diversas fontes, como Christian Education, Special Testimonies on Education, Christian Temperance and Bible Hygiene, Review and Herald, Signs of the Times, Youth's Instructor e Bible Echo. Com exceção de um artigo -- "A Devida Educação" -- não houve compilações de quaisquer outros volumes dos escritos da autora já impressos. Os dois artigos manuscritos: "Suspensão de Estudantes" e "Correta Disciplina Colegial", foram inseridos com permissão dos depositários do patrimônio literário da Sra. Ellen G. White, e com a recomendação dos membros da Comissão da Associação Geral. Esses dois manuscritos foram escritos há quase cem anos e postos à disposição de diretores de colégios naquele tempo. Esses dois artigos devem ser lidos juntos. FEC 6 1 Todos os artigos são publicados na íntegra e dispostos cronologicamente. A vantagem da leitura de artigos completos dispostos na ordem em que foram escritos consiste de modo especial em seu valor no contexto histórico. A lista suplementar de artigos no fim dos capítulos, bem como o índice geral, constituem uma relação razoavelmente completa dos escritos da autora sobre o assunto da educação cristã. FEC 6 2 Este livro é posto em circulação com a esperança de que seja de inestimável valor para as centenas de professores que não tiveram o privilégio de ler tais instruções. Oxalá desperte também renovado interesse e estudo da parte dos que talvez já o tenham lido, e que todos nós sejamos fortemente incentivados a seguir com mais fidelidade na prática diária os princípios tão claramente expostos. Departamento de Educação da Associação Geral. ------------------------Capítulo 1 -- A devida educação FEC 15 1 A mais bela obra já empreendida por homens e mulheres, é lidar com espíritos jovens. O máximo cuidado deve ser tomado, na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro a lição do domínio de si mesmos, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. Que importante posição para os pais, tutores e professores! Bem poucos há que compreendam as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira por que devam dirigir o intelecto em desenvolvimento, os pensamentos e sentimentos crescentes dos jovens. FEC 15 2 Há um tempo para instruir as crianças, e um tempo para educar os jovens; e é essencial que essas duas coisas sejam combinadas em alto grau na escola. As crianças podem ser preparadas para o serviço do pecado ou para o serviço da justiça. A educação em tenra idade molda-lhes o caráter tanto na vida secular, como na religiosa. Diz Salomão: "Instrui ao menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele." Esta linguagem é positiva. O ensino recomendado por Salomão é dirigir, educar e desenvolver. Para que os pais e mestres façam essa obra, devem eles próprios compreender "o caminho" em que a criança deve andar. Isto abrange mais que mero conhecimento de livros. Envolve tudo quanto é bom, virtuoso, justo e santo. Compreende a prática da temperança, da piedade, bondade fraternal, e amor para com Deus e de uns para com os outros. A fim de atingir esse objetivo, é preciso dar atenção à educação física, mental, moral e religiosa da criança. FEC 15 3 A educação da criança, em casa ou na escola, não deve ser como o ensino dos mudos animais; pois as crianças têm vontade inteligente, a qual deve ser dirigida de maneira a reger todas as suas faculdades. Os mudos animais devem ser treinados, pois não possuem razão nem inteligência. À mente humana, porém, deve ser ensinado o domínio próprio. Ela deve ser educada a fim de governar o ser humano, ao passo que os animais são governados por um dono, e ensinados a ser-lhe submissos. O dono serve de mente, juízo e vontade para o animal. Uma criança pode ser ensinada de maneira a, como o animal, não ter vontade própria. Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, está sujeita à de seu mestre. FEC 16 1 As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos. Não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi desafiada para que pudesse expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar, e a sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam exercitadas, e levadas de um a outro grau de vigor, de modo que a mente atinja as devidas proporções. FEC 16 2 Muitas são as famílias com crianças que parecem bem educadas enquanto se encontram sob a disciplina; quando, porém, o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Essas crianças estiveram por tanto tempo sob uma regra de ferro, sem permissão de pensar e agir por si mesmas naquilo em que era perfeitamente próprio que o fizessem, que não têm confiança em si mesmas, para procederem segundo seu próprio discernimento, tendo opinião própria. E quando saem de sob a tutela dos pais para agirem por si mesmas, são facilmente levadas pelo discernimento de outros a errôneas direções. Não têm estabilidade de caráter. Não foram deixadas em situação de usarem o próprio juízo na proporção em que isto fosse praticável, e portanto a mente não foi devidamente desenvolvida e avigorada. Foram por tanto tempo inteiramente controladas pelos pais, que dependem totalmente deles; estes são mente e discernimento para elas. FEC 17 1 Por outro lado, os jovens não devem ser deixados a pensar e proceder independentemente do juízo de seus pais e mestres. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o juízo da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Devem ser de tal maneira educadas que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, e instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao saírem de sob a mão guiadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. FEC 17 2 A rigorosa educação dos jovens, sem lhes dirigir convenientemente o modo de pensar e proceder por si mesmos na medida que o permitam sua capacidade e as tendências da mente, para que assim eles se desenvolvam no pensar, nos sentimentos de respeito por si mesmos e na confiança na própria capacidade de executar, produzirá uma classe débil em força mental e moral. E quando se acham no mundo, para agir por si mesmos, revelarão o fato de que foram ensinados, como os animais, e não educados. Em vez de sua vontade ser dirigida, foi forçada à obediência mediante rude disciplina por parte dos pais e mestres. FEC 17 3 Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado, deixariam de gabar-se, caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo despreparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais se encontram sob a direção de pais e mestres, e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea, e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito, e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa. Pudessem os instrutores de crianças e jovens ter traçado diante de si o futuro resultado de sua errada disciplina, mudariam seu plano de educação. Essa espécie de professores que se satisfaz com o manter quase inteiro domínio sobre a vontade dos alunos, não é a mais bem-sucedida, embora a aparência no momento seja lisonjeira. FEC 18 1 Nunca foi desígnio de Deus que a mente de uma pessoa estivesse sob o completo domínio de outra. E os que se esforçam para fazer com que a individualidade de seus alunos venha a imergir na deles, e para lhes servirem de mente, vontade e consciência, assumem tremendas responsabilidades. Esses alunos podem, em certas ocasiões, parecer soldados bem disciplinados. Uma vez, porém, removida a restrição, ver-se-á a falta de ação independente oriunda de firmes princípios neles existentes. Os que tornam seu objetivo educar os alunos de maneira que estes vejam e sintam estar neles próprios o poder de formar homens e mulheres de sólidos princípios, habilitados para qualquer posição na vida, são os mestres mais úteis e de êxito permanente. Talvez sua obra não se mostre ao descuidoso observador sob o aspecto mais vantajoso, nem seja tão altamente apreciada como a dos mestres que dominam a mente e a vontade dos discípulos pela autoridade absoluta; a vida futura dos alunos, porém, manifestará os frutos do melhor sistema de educação. FEC 18 2 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração dos educandos. Caso reunissem as crianças bem junto a si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em suas brincadeiras, tornando-se por vezes mesmo uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. FEC 19 1 Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos -- amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. Ele precisa ter firmeza de caráter, e então poderá moldar a mente dos alunos, da mesma maneira que os instruir nas ciências. A primeira educação dos pequenos molda-lhes, em geral, o caráter para a vida. Os que lidam com os jovens devem ser muito cuidadosos em despertar as qualidades do espírito, a fim de melhor saberem como lhes dirigir as faculdades para serem exercitadas da maneira mais proveitosa. Rigoroso confinamento na escola FEC 19 2 O sistema de educação mantido por gerações passadas, tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitas crianças têm passado cinco horas por dia em salas de aula mal ventiladas, sem suficiente espaço para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica em breve envenenado para os pulmões que o inalam. FEC 19 3 Crianças pequenas, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas adentro, para dano seu. Muitas não têm senão escassa reserva com que começar a vida, e o confinamento na escola dia a dia, torna-as nervosas e doentes. Seu corpo é impedido de crescer em virtude da exausta condição de seu sistema nervoso. E se a lâmpada da vida se apaga, os pais e os mestres não consideram haver tido qualquer influência direta em extinguir a centelha de vida. Ao acharem-se junto à sepultura dos filhos, os aflitos pais consideram esse golpe como especial determinação da Providência, quando, por indesculpável ignorância, foi sua própria orientação que destruiu a vida dos filhos. Culpar, pois, a Providência por tais mortes é blasfêmia. Deus queria que os pequeninos vivessem e fossem disciplinados, a fim de poderem possuir belo caráter, glorificando-O neste mundo e louvando-O naquele outro melhor. FEC 20 1 Pais e professores, ao assumirem a responsabilidade de ensinar essas crianças, não sentem a obrigação diante de Deus de familiarizar-se com o organismo físico, para que possam cuidar do corpo de seus filhos e alunos de maneira a preservar a vida e a saúde. Milhares de crianças morrem em virtude da ignorância de pais e professores. Há mães que gastam horas e horas em trabalho desnecessário com as suas próprias roupas e as de seus filhos, com o propósito de ostentação, e alegam então que não dispõem de tempo para ler e obter a informação necessária para cuidar da saúde de seus filhos. Acham mais fácil confiar o seu corpo aos cuidados dos médicos. Muitos pais sacrificaram a saúde e a vida dos filhos para estarem de acordo com a moda e os costumes. FEC 20 2 Relacionar-se com o maravilhoso organismo humano, os nervos, os músculos, o estômago, o fígado, os intestinos, coração e poros da pele, e compreender a dependência de um órgão para com outro no que respeita ao saudável funcionamento de todos, é assunto em que a maior parte das mães não tem nenhum interesse. Nada sabem da influência do corpo sobre a mente, e desta sobre o corpo. A mente, que liga o finito ao Infinito, elas parecem não compreender. Todo órgão do corpo foi feito para servo da mente. Esta é a capital do corpo. Permite-se às crianças comer carne, especiarias, manteiga, queijo, porco, massas muito temperadas, e condimentos em geral. É-lhes também permitido comer alimentos insalubres a horas irregulares e entre as refeições. Essas coisas fazem sua obra em desarranjar o estômago, excitando os nervos a uma ação fora do natural, e enfraquecendo o intelecto. Os pais não compreendem que estão lançando a semente que há de produzir doença e morte. FEC 21 1 Muitas crianças foram arruinadas para a vida em razão de se exigir demais do intelecto e negligenciar fortalecer o físico. Muitos têm morrido na infância devido ao procedimento seguido por pais e professores imprudentes, que forçaram o intelecto, por lisonja ou temor, quando essas crianças eram demasiado tenras para verem o interior de uma escola. A mente foi-lhes sobrecarregada com lições quando não deviam ser forçadas, antes contidas até que a constituição física estivesse suficientemente forte para suportar esforço mental. As criancinhas devem ser deixadas tão livres como cordeiros a correr ao ar livre, soltas e felizes, dando-se-lhes as melhores oportunidades de lançarem bases para uma constituição sadia. FEC 21 2 Os pais devem ser os únicos mestres dos filhos até que eles cheguem à idade de oito ou dez anos. Assim que a mente lhes permita compreendê-lo, cumpre aos pais abrir diante deles o grande livro divino da Natureza. A mãe deve ter menos amor pelo artificial em casa e no preparo de vestidos para ostentação, e tomar tempo para cultivar, em si mesma e em seus filhos, o amor dos belos botões e flores a desabrochar. Chamando a atenção dos filhos às diferentes cores e variadas formas, pode relacioná-los com Deus, que fez todas as belas coisas que os atraem e deliciam. Pode elevar-lhes a mente ao Criador, e despertar nos tenros corações a afeição para com o Pai celeste, que manifestou por eles tão grande amor. Os pais podem associar Deus com todas as obras de Sua criação. A única sala de aula para as crianças de oito a dez anos, deve ser ao ar livre, entre as flores a desabrochar e os belos cenários da Natureza, sendo para elas o livro de estudo mais familiar os tesouros da mesma Natureza. Estas lições, gravadas na mente das tenras crianças por entre as agradáveis e atrativas cenas campestres, jamais serão esquecidas. FEC 21 3 Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e músculos e cérebro bem desenvolvidos, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham divertimentos e ocupações bem orientados. Crianças e jovens mantidos na escola e presos aos livros, não podem gozar sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tende a atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com muito pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se os seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. Decadência física da raça FEC 22 1 O livro de Gênesis apresenta um relato bem definido da vida social e individual, e, todavia, não temos notícia de alguma criança que nascesse cega, surda, aleijada, deformada ou imbecil. Não é mencionado um só caso de morte natural na infância, meninice ou juventude. Não há relato algum de homens e mulheres vitimados por doenças. Os obituários no livro de Gênesis declaram o seguinte: "Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu." "Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos; e morreu." Com referência a outros, diz o relato: "Morreu em ditosa velhice, avançado em anos." Era tão raro morrer um filho antes de seu pai, que tal acontecimento foi considerado digno de menção: "Morreu Harã, estando Terá, seu pai, ainda vivo." Harã já era pai ao tempo de sua morte. FEC 22 2 Deus dotou o homem de tão grande força vital que ele tem resistido ao acúmulo de doenças lançadas sobre a raça em conseqüência de hábitos pervertidos, e tem sobrevivido por seis mil anos. Este fato, por si mesmo, é suficiente para nos mostrar a força e a energia elétrica que Deus conferiu ao homem na criação. Foram necessários mais de dois mil anos de delitos e de condescendência com as paixões inferiores para trazer sobre a raça humana enfermidades físicas em grande escala. Se Adão, ao ser criado, não houvesse sido dotado de vinte vezes maior vitalidade do que os homens possuem agora, a humanidade, com seus presentes métodos de vida que constituem uma violação da lei natural, já estaria extinta. Por ocasião do primeiro advento de Cristo, o gênero humano degenerara tão rapidamente que um acúmulo de doenças pesava sobre aquela geração, suscitando uma torrente de aflição e uma carga de sofrimento indescritível. FEC 23 1 Tem-me sido apresentada a deplorável condição do mundo no tempo atual. Desde a queda de Adão, a raça humana tem estado degenerando. Foram-me reveladas algumas das razões da lastimável condição atual de homens e mulheres formados à imagem de Deus. E o sentimento de quanto será necessário fazer para deter, mesmo em pequena escala, a decadência física, mental e moral, fez com que o meu coração ficasse pesaroso e abatido. Deus não criou o gênero humano em sua presente condição debilitada. Este estado de coisas não é obra da Providência, mas, do homem; e tem sido ocasionado por maus hábitos e abusos, pela violação das leis que Deus estabeleceu para governar a existência humana. Cedendo à tentação de satisfazer o apetite, Adão e Eva caíram originalmente de sua condição elevada, santa e feliz. E é por meio da mesma tentação que os homens se têm debilitado. Eles têm permitido que o apetite e a paixão ocupem o trono, mantendo em sujeição a razão e o intelecto. FEC 23 2 A violação da lei física e sua conseqüência -- o sofrimento humano -- têm prevalecido por tanto tempo, que homens e mulheres consideram o presente estado de doença, sofrimento, debilidade e morte prematura, como a sorte destinada aos seres humanos. O homem saiu das mãos do Criador perfeito e belo na forma, e de tal modo dotado de força vital que levou mais de mil anos para que os corruptos apetites e paixões, bem como a geral violação da lei física, fossem sensivelmente notados na raça. As gerações mais recentes têm experimentado a pressão da debilidade e da doença mais rápida e rigorosamente a cada geração. As forças vitais têm sido grandemente enfraquecidas pela condescendência com o apetite e as paixões da concupiscência. FEC 24 1 Os patriarcas desde Adão até Noé, com poucas exceções, viveram quase mil anos. Depois do tempo de Noé, a duração da vida tem diminuído gradualmente. Os que sofriam de enfermidades eram levados a Cristo de toda cidade, vila e aldeia para serem curados por Ele; pois eram afligidos por toda sorte de doenças. E a doença tem aumentado constantemente através das gerações sucessivas desde aquele período. Em virtude da continuada violação das leis da vida, a mortalidade tem aumentado de modo alarmante. Os anos de vida dos homens têm diminuído a tal ponto, que a geração atual desce à sepultura, antes mesmo da idade em que as gerações que viveram durante os dois primeiros mil anos, após a criação, se lançavam ao campo de ação. FEC 24 2 A doença tem sido transmitida de pais a filhos, de geração a geração. Crianças de berço são severamente afligidas por causa dos pecados de seus pais, que reduziram sua força vital. Seus maus hábitos de comer e vestir, e sua dissipação geral, são transmitidos como herança aos filhos. Muitos nascem dementes, deformados, cegos, surdos, e uma classe muito numerosa é deficiente no intelecto. A estranha ausência de princípios que caracteriza esta geração, e que se manifesta no desprezo mostrado às leis da vida e da saúde, é espantosa. Prevalece a ignorância sobre este assunto, embora a luz esteja brilhando por toda parte ao redor deles. A preocupação da maioria é: Que comerei? Que beberei? e com que me vestirei? A despeito de tudo o que é declarado e escrito acerca do modo em que devemos tratar o corpo, o apetite é a grande lei que governa homens e mulheres em geral. FEC 24 3 As faculdades morais são debilitadas porque homens e mulheres não querem viver em obediência às leis da saúde, e fazer deste grande assunto um dever pessoal. Os pais transmitem a seus descendentes seus próprios hábitos pervertidos, e doenças repulsivas corrompem o sangue e debilitam o cérebro. A maioria dos homens e das mulheres permanece na ignorância das leis de seu ser, condescendendo com o apetite e a paixão, com prejuízo do intelecto e da moral; e parecem dispostos a permanecer na ignorância do resultado de sua violação das leis naturais. Satisfazem o pervertido apetite no uso de venenos lentos, que corrompem o sangue e minam as forças nervosas, trazendo, conseqüentemente, doença e morte sobre si. Seus amigos chamam o resultado dessa conduta de dispensação da Providência. Com isto eles insultam o Céu. Rebelaram-se contra as leis da Natureza, e sofreram a punição deste abuso. Sofrimento e mortalidade prevalecem agora em toda a parte, principalmente entre crianças. Quão grande é o contraste entre esta geração e os que viveram durante os dois primeiros mil anos! Importância do ensino no lar FEC 25 1 Indaguei se essa torrente de aflição não podia ser evitada, fazendo-se também alguma coisa para salvar os jovens desta geração, da ruína que os ameaça. Foi-me mostrado que uma grande causa do deplorável estado de coisas existente, é que os pais não se sentem na obrigação de criar os filhos em conformidade com as leis físicas. As mães amam os filhos com amor idólatra, e condescendem com o apetite deles quando sabem que isto é nocivo à saúde, trazendo assim sobre eles doenças e infelicidade. Esta cruel bondade manifesta-se em grande escala na geração atual. Os desejos das crianças são satisfeitos à custa da saúde e da boa disposição, porque é mais fácil para a mãe, no momento, satisfazê-las do que negar aquilo que elas reclamam. FEC 25 2 Assim semeiam elas próprias a semente que brotará e dará frutos. As crianças não são educadas a renunciar ao apetite e restringir os desejos, e tornam-se egoístas, exigentes, desobedientes, ingratas e profanas. As mães que estão fazendo esta obra colherão com amargura o fruto da semente por elas lançada. Pecaram contra o Céu e contra os próprios filhos, e Deus as considerará responsáveis. FEC 26 1 Houvesse a educação, por gerações atrás, sido dirigida por plano inteiramente diverso, e a juventude de hoje não seria tão depravada e inútil. Os diretores e professores das escolas teriam sido pessoas que conhecessem fisiologia e que tivessem interesse, não somente em educar os jovens nas ciências, mas em ensinar-lhes a maneira de conservar a saúde, de modo a empregarem da melhor maneira os conhecimentos, depois de os haverem adquirido. Ligados às escolas deve haver estabelecimentos que desenvolvam vários ramos de trabalho, a fim de os estudantes terem ocupação e o necessário exercício fora das horas de estudo. FEC 26 2 O trabalho e os entretenimentos dos alunos deviam ter sido ajustados tendo em vista a lei física, sendo adaptados à conservação do tono saudável de todas as faculdades do corpo e da mente. Então, poderiam obter conhecimentos práticos de ofícios, ao mesmo tempo que vão adquirindo sua instrução literária. Os estudantes devem, enquanto na escola, ser despertados em suas sensibilidades morais no que respeita a ver e sentir os direitos que a sociedade tem sobre eles, e que devem viver em obediência às leis naturais, de modo a poderem, por sua vida e influência, por preceito e exemplo, ser de utilidade e uma bênção para a sociedade. A mocidade deve ser impressionada quanto ao fato de exercerem todos uma influência que se faz sentir constantemente na sociedade, seja para melhorar e elevar, ou para rebaixar e degradar. O primeiro estudo dos jovens deve ser conhecerem-se a si mesmos, e conservar o corpo são. FEC 26 3 Muitos pais conservam os filhos na escola quase o ano inteiro. Essas crianças seguem maquinalmente a rotina do estudo, mas não retêm o que estudam. Muitos desses estudantes contínuos parecem quase destituídos de vida intelectual. A monotonia do estudo seguido fatiga a mente, e pouco é o interesse que tomam nas lições; e, para muitos, torna-se penosa a aplicação aos livros. Não têm íntimo amor pelo pensar, nem ambição de adquirir conhecimentos. Não estimulam em si mesmos hábitos de reflexão e investigação. FEC 27 1 As crianças carecem grandemente de educação apropriada, a fim de virem a ser de utilidade ao mundo. Qualquer esforço, porém, que exalte a cultura intelectual acima da educação moral, é mal orientado. Instruir, cultivar, polir e refinar jovens e crianças, deve ser a principal preocupação de pais e mestres. São poucos os raciocinadores concentrados e os pensadores lógicos, em razão de haverem falsas influências obstado o desenvolvimento do intelecto. A suposição de pais e professores de que o estudo contínuo fortaleceria o intelecto, tem-se demonstrado errônea; pois em muitos casos o efeito tem sido exatamente contrário. FEC 27 2 Na educação inicial das crianças, muitos pais e professores deixam de compreender que a primeira atenção precisa ser dada à constituição física, para garantir-se saúde física e mental. Tem sido costume animar crianças a freqüentar a escola quando simples bebês, necessitadas dos cuidados maternos. Numa idade delicada, são freqüentemente metidas em apinhadas salas de aula sem ventilação, onde se sentam em posição incorreta em bancos mal construídos, e, em resultado, as jovens e tenras estruturas de alguns se têm deformado. FEC 27 3 A disposição e os hábitos da juventude muito facilmente se manifestam na idade madura. Podeis curvar uma árvore nova em quase qualquer forma que desejardes, e se ela permanecer e crescer como a pusestes, será uma árvore deformada, denunciando sempre o dano e os maus-tratos recebidos de vossas mãos. Podeis, depois de anos de crescimento, procurar endireitá-la, mas todos os esforços se demonstrarão infrutíferos. Ela será sempre uma árvore torta. Tal é o caso com a mente das crianças. Estas devem ser cuidadosa e ternamente educadas na infância. Podem ser exercitadas na devida direção ou em direção errada, e em sua vida futura seguirão aquela em que foram dirigidas na juventude. Os hábitos então formados crescerão cada vez mais e cada vez mais se fortalecerão, e geralmente o mesmo ocorrerá na vida posterior, apenas se tornando sempre mais fortes. FEC 28 1 Vivemos numa época em que quase tudo é superficial. Pouca é a estabilidade e firmeza de caráter, porque o ensino e a educação das crianças é superficial já desde o berço. O caráter delas é formado sobre areia movediça. A abnegação e o domínio próprio não foram entretecidos em seu caráter. Foram amimadas e tratadas complacentemente até ficarem estragadas para a vida prática. O amor ao prazer domina as mentes, e as crianças são aduladas e favorecidas para sua ruína. As crianças devem ser de tal modo exercitadas e educadas que possam esperar tentações, e contar com dificuldades e perigos. Deve-lhes ser ensinado o domínio próprio, e a vencerem nobremente as dificuldades; e uma vez que não se precipitem voluntariamente para o perigo, e se coloquem sem necessidade no caminho da tentação, se fugirem às más influências e às companhias viciosas, sendo então, de maneira inevitável, compelidas a estar em perigoso convívio, terão suficiente força de caráter para ficar ao lado do direito e manter o princípio, saindo, no poder de Deus, com sua moral incontaminada. Se os jovens que foram devidamente educados puserem em Deus a confiança, sua força moral resistirá à mais severa prova. FEC 28 2 Poucos pais compreendem, porém, que seus filhos são o que o seu exemplo e disciplina deles fizeram, e que são responsáveis pelo caráter desenvolvido pelos filhos. Se o coração dos pais cristãos estivesse sujeito à vontade de Cristo, obedeceriam à recomendação do Mestre divino: "Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Se os que professam seguir a Cristo tão-somente fizessem isto, dariam, não só a seus filhos, mas ao mundo incrédulo, exemplos que representariam corretamente a religião da Bíblia. FEC 29 1 Se os pais cristãos vivessem em obediência aos preceitos do Mestre divino, preservariam a simplicidade no comer e no vestir, e viveriam mais de acordo com a lei natural. Não dedicariam então tanto tempo à vida artificial, inventando para si mesmos preocupações e fardos que Cristo não colocou sobre eles, antes ordenou explicitamente que os evitassem. Se o reino de Deus e a Sua justiça constituíssem a primeira e suprema consideração dos pais, bem pouco tempo precioso seria despendido em desnecessários adornos exteriores, enquanto o intelecto dos filhos é quase inteiramente negligenciado. O precioso tempo que muitos pais empregam para vestir os filhos para ostentação em seus locais de entretenimento, seria melhor, muito melhor aplicado no cultivo de sua própria mente, a fim de se tornarem competentes para instruir devidamente os filhos. Não é essencial para sua salvação ou felicidade que eles usem o precioso tempo de graça que Deus lhes concede, em adornar-se, visitar-se e bisbilhotar. FEC 29 2 Muitos pais alegam ter tanto o que fazer que não dispõem de tempo para desenvolver o intelecto, educar os filhos para a vida prática ou ensinar-lhes como podem tornar-se cordeiros do rebanho de Cristo. Só por ocasião do juízo final, quando serão decididos os casos de todas as pessoas e os atos de toda a nossa vida expostos à nossa vista em presença de Deus e do Cordeiro e de todos os santos anjos, os pais compreenderão o quase infinito valor do tempo que desperdiçaram. Muitíssimos pais verão então que seu procedimento errôneo determinou o destino de seus filhos. Não só deixaram de assegurar para si mesmos as palavras de louvor do Rei da Glória: "Muito bem, servo bom e fiel; entra no gozo do teu Senhor", mas ouvem ser proferida sobre os seus filhos a terrível sentença: "Apartai-vos!" Isto exclui os seus filhos para sempre das alegrias e glórias do Céu e da presença de Cristo. E sobre eles mesmos é lançada a sentença condenatória: Aparta-te, "servo mau e negligente". Jesus jamais dirá "Muito bem" para os que não fizeram jus a essas palavras por sua vida fiel de abnegação e renúncia para fazer o bem a outros e promover a Sua glória. Os que vivem principalmente para agradar a si mesmos, em vez de fazer o bem a outros, sofrerão infinita perda. FEC 30 1 Se os pais pudessem ser despertados para o senso da tremenda responsabilidade que pesa sobre eles na obra de educar os filhos, dedicariam mais tempo à oração, e menos à ostentação desnecessária. Meditariam, estudariam, e orariam fervorosamente a Deus por sabedoria e ajuda divina, para educarem os filhos de tal maneira que desenvolvam caráter aprovado por Deus. Sua preocupação não será como saber educar os filhos para serem louvados e honrados pelo mundo, mas como educá-los para formarem belo caráter que seja aprovado pelo Senhor. FEC 30 2 É necessário muito estudo e fervorosa oração por sabedoria celestial para saber como lidar com mentes juvenis; pois muito depende da orientação que os pais conferem à mente e à vontade de seus filhos. Impelir-lhes a mente na direção correta e no tempo certo, é uma obra muitíssimo importante; pois o seu destino eterno poderá depender das decisões tomadas num momento crítico. Quão importante, pois, que a mente dos pais, tanto quanto possível, esteja livre de opressivo e fatigante cuidado com as coisas temporais, a fim de poderem pensar e agir com calma consideração, sabedoria e amor, e tornar a salvação da alma de seus filhos sua primeira e mais alta preocupação! O grande objetivo que os pais devem procurar alcançar para seus queridos filhos deve ser o adorno interior. Os pais não podem permitir que visitas e pessoas estranhas reclamem sua atenção, e, roubando-lhes o tempo, que é o grande capital da vida, impossibilitem que eles ministrem aos filhos, cada dia, a paciente instrução que precisam receber para dar correta orientação à mente em desenvolvimento. FEC 31 1 A vida é muito curta para ser esbanjada em diversões inúteis e frívolas, em conversação sem proveito, em adornos desnecessários para ostentação ou em entretenimentos excitantes. Não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar o tempo que Deus nos dá para beneficiar a outros e ajuntar para nós mesmos um tesouro no Céu. O tempo é escasso para o desempenho dos deveres necessários. Devemos reservar tempo para o cultivo de nosso coração e mente, a fim de habilitar-nos para o trabalho de nossa vida. Negligenciando estes deveres essenciais e conformando-nos com os hábitos e costumes da sociedade mundana e seguidora da moda, causamos grande dano a nós mesmos e a nossos filhos. FEC 31 2 As mães que têm que disciplinar mentes juvenis e formar o caráter de seus filhos, não devem procurar a excitação do mundo a fim de serem alegres e felizes. Têm um trabalho importante na vida, e nem elas nem os seus devem permitir-se despender tempo de modo inútil. O tempo é um dos valiosos talentos que Deus nos confiou e pelo qual nos faz responsáveis. Desperdiçar o tempo é desperdiçar o intelecto. As faculdades mentais são suscetíveis de elevado desenvolvimento. É dever das mães cultivar a mente e conservar puro o coração. Devem aproveitar todos os meios ao seu alcance para aperfeiçoamento intelectual e moral, a fim de estarem preparadas para desenvolver a mente de seus filhos. As que condescendem com a inclinação de estar em companhia de alguém, logo ficarão impacientes se não estiverem fazendo ou recebendo visitas. Tais pessoas não possuem a faculdade de adaptação às circunstâncias. Os indispensáveis e sagrados deveres domésticos parecem comuns e desinteressantes para elas. Não lhes agrada o exame ou a disciplina próprios. A mente anseia pelas variadas e excitantes cenas da vida mundana; os filhos são negligenciados por condescendência com a inclinação; e o anjo relator escreve: "Servos inúteis." Deus não quer que nossa mente seja destituída de um propósito definido, e, sim, que realize o bem nesta vida. FEC 32 1 Se os pais se apercebessem de que Deus impõe sobre eles o solene dever de educar os filhos para serem úteis nesta vida; se adornassem o templo interior da alma de seus filhos e filhas para a vida imortal, veríamos uma notável mudança para melhor na sociedade. Então não seria manifestada tão grande indiferença para com a piedade prática, e não seria tão difícil despertar as sensibilidades morais dos filhos para compreenderem os reclamos de Deus a seu respeito. Os pais tornam-se, porém, cada vez mais descuidados na educação de seus filhos nos ramos de utilidade. Muitos pais consentem que os filhos formem maus hábitos e sigam sua própria inclinação, deixando de impressionar-lhes a mente com o perigo de fazerem isso e com a necessidade de serem controlados por princípios. FEC 32 2 As crianças freqüentemente iniciam um serviço com entusiasmo, mas, encontrando dificuldade ou cansando-se dele, desejam mudar, e empreender alguma coisa nova. E assim vão passando de uma coisa para outra, sem nada completar. Os pais não devem permitir que os filhos sejam dominados pelo amor à variação. Não devem ocupar-se tanto com outras coisas que não tenham tempo para disciplinar pacientemente as mentes em formação. Algumas palavras de animação ou um pouco de ajuda no momento apropriado podem auxiliá-los a transpor a dificuldade e o desalento, e a satisfação resultante de completarem a tarefa que empreenderam os incentivará a serem mais diligentes. FEC 32 3 Muitas crianças, por falta de palavras de encorajamento e de um pouco de ajuda em seus esforços, ficam desanimadas, e mudam de uma coisa para outra. Este lamentável defeito as acompanha por toda a vida. Deixam de fazer com êxito tudo aquilo em que se empenham, porque não aprenderam a perseverar sob circunstâncias desalentadoras. Assim, a vida inteira de muitos se torna um fracasso, pois não tiveram uma disciplina correta quando eram pequenos. A educação recebida na infância e na juventude afeta toda a sua carreira na vida adulta, e sua experiência religiosa sofre um estigma correspondente. Trabalho físico para estudantes FEC 33 1 Com o atual sistema de educação, abre-se a porta da tentação para os jovens. Conquanto, em geral, eles tenham demasiadas horas de estudo, dispõem de muitas horas sem ter o que fazer. Esses períodos de lazer são passados freqüentemente de modo descuidado. O conhecimento de maus hábitos é comunicado de uma pessoa para a outra, e o vício aumenta consideravelmente. Muitíssimos jovens que foram instruídos religiosamente no lar e que partem para as escolas relativamente inocentes e virtuosos, são corrompidos pela associação com companheiros depravados. Perdem o respeito próprio e sacrificam nobres princípios. Acham-se então preparados para seguir a trilha descendente; pois abusaram tanto da consciência que o pecado não mais se afigura tão excessivamente perverso. Tais males existentes nas escolas dirigidas de acordo com o sistema atual, poderiam ser corrigidos em grande parte se o estudo fosse combinado com o trabalho. Os mesmos males existem nas escolas superiores, só que em maior grau; pois muitos jovens se educaram no vício, e sua consciência está cauterizada. FEC 33 2 Muitos pais exageram a firmeza e as boas qualidades de seus filhos. Não parecem considerar que serão expostos às enganadoras influências de jovens corruptos. Os pais têm os seus receios ao enviá-los à escola, a certa distância de casa, mas alimentam a ilusão de que, tendo recebido bons exemplos e instrução religiosa, eles serão fiéis aos princípios em sua vida estudantil. Muitos pais têm apenas uma vaga idéia da extensão que a licenciosidade assume nessas instituições de ensino. Em muitos casos, os pais labutaram arduamente e sofreram numerosas privações com o acariciado propósito de fazer com que os filhos obtivessem uma educação esmerada. E depois de todos esses esforços, muitos passam pela amarga experiência de receber os filhos de volta de seu curso de estudos com hábitos dissolutos e constituição física arruinada. E com freqüência são desrespeitosos a seus pais, ingratos e profanos. Esses pais maltratados, que são recompensados dessa maneira por filhos ingratos, lamentam haverem-nos enviado para lá, a fim de serem expostos a tentações e voltarem para eles como destroços físicos, mentais e morais. Com esperanças frustradas e coração quase dilacerado, vêem os filhos, de quem tanto esperavam, seguindo o caminho do vício e levando uma existência miserável. FEC 34 1 Existem, porém, os que possuem princípios firmes, que correspondem às expectativas dos pais e professores. Atravessam o curso de estudos com a consciência limpa, e saem de lá com boa constituição física e moral incontaminada por influências corruptoras. O seu número, porém, é pequeno. FEC 34 2 Alguns estudantes dedicam-se inteiramente aos estudos e concentram toda a atenção no objetivo de obter educação. Exercitam o cérebro, mas permitem que as faculdades físicas permaneçam inativas. O cérebro é sobrecarregado, e os músculos se debilitam pelo fato de não serem exercitados. Quando tais estudantes se formam, é evidente que adquiriram sua educação à custa da vida. Estudaram dia e noite, ano após ano, mantendo a mente em contínuo estado de tensão, mas não exercitaram suficientemente os músculos. Sacrificaram tudo pelo conhecimento de ciências, e descem à sepultura. FEC 34 3 As moças freqüentemente se entregam ao estudo, em detrimento de outros ramos de educação mais importantes para a vida prática do que o estudo de livros. E depois de adquirirem sua educação, amiúde ficam inválidas por toda a vida. Negligenciam a saúde permanecendo muito tempo em recintos fechados, destituídos do ar puro do céu, e da luz solar dada por Deus. Essas jovens poderiam ter saído com saúde de suas escolas, se houvessem ligado os estudos a trabalhos domésticos e exercícios ao ar livre. FEC 35 1 A saúde é um grande tesouro. É a mais valiosa posse concedida aos mortais. Riqueza, honra ou cultura custam muito caro se forem adquiridas a expensas do vigor da saúde. Nenhuma dessas consecuções pode trazer felicidade, se não houver saúde. É um terrível pecado abusar da saúde que Deus nos deu; pois todo abuso dessa natureza debilita a nossa vida e constitui um prejuízo, mesmo que obtenhamos toda a educação possível. FEC 35 2 Em muitos casos os pais ricos não vêem a importância de dar a seus filhos educação nos deveres práticos da vida como o fazem em relação às ciências. Não sentem a necessidade de, para o bem do intelecto e da moral dos filhos, e para sua futura utilidade, dar-lhes um conhecimento cabal do trabalho útil. É esta uma obrigação que têm para com os filhos, a fim de que, se lhes chegarem reveses, possam manter-se com nobre independência, sabendo como fazer uso das mãos. Se têm um capital de vigor, não podem ser pobres, ainda que não possuam um centavo. Muitos que na juventude se achavam em circunstâncias favoráveis, podem ficar despojados de todas as suas riquezas, e com pais, irmãos e irmãs para manter. Quão importante é, pois, que a todo jovem se ensine a trabalhar, a fim de que possa estar preparado para qualquer emergência! As riquezas são uma verdadeira maldição, quando os seus possuidores deixam que elas sejam um impedimento para os filhos e filhas obterem o conhecimento de algum trabalho útil que os habilite para a vida prática. FEC 35 3 Os que não são compelidos a trabalhar, com freqüência não fazem suficiente exercício ativo para terem saúde física. Jovens, por não ocuparem a mente e as mãos em trabalho ativo, adquirem hábitos de indolência, e obtêm amiúde o que é mais espantoso ainda: uma educação de rua, o vício de perambular pelas lojas, fumar, beber e jogar cartas. FEC 35 4 Algumas jovens querem ler novelas, escusando-se de fazer trabalho ativo por terem saúde delicada. Sua debilidade é conseqüência da falta de exercitarem os músculos que Deus lhes deu. Crêem que são demasiado débeis para realizar trabalhos domésticos, mas fazem crochê e rendas, e preservam a delicada palidez das mãos e do rosto, ao passo que suas mães afadigadas trabalham penosamente para lavar e passar seus vestidos. Estas jovens não são cristãs, pois transgridem o quinto mandamento. Não honram a seus pais. A mãe leva, porém, a maior culpa. Satisfez o desejo das filhas e eximiu-as de partilharem dos deveres domésticos, até o trabalho tornar-se desagradável para elas, e amam e desfrutam uma ociosidade doentia. Comem, dormem, lêem novelas e falam de modas, ao passo que sua vida é inútil. FEC 36 1 A pobreza, em muitos casos, é uma bênção; pois evita que os jovens e as crianças sejam arruinados pela inatividade. Tanto as faculdades físicas como as mentais devem ser cultivadas e desenvolvidas devidamente. O primeiro e constante cuidado dos pais deve ser o de ver que os filhos tenham constituição vigorosa, para que possam ser homens e mulheres sadios. É impossível alcançar este objetivo sem exercício físico. Para sua própria saúde física e bem moral, as crianças devem ser ensinadas a trabalhar, mesmo que a necessidade não o requeira. Se querem ter caráter puro e virtuoso, devem gozar da disciplina de um trabalho bem regulado, que ponha em atividade todos os músculos. A satisfação das crianças por serem úteis e praticarem atos de abnegação para ajudar a outros, será o prazer mais salutar que já experimentaram. Por que deveriam os ricos privar a si mesmos e a seus queridos filhos desta grande bênção? FEC 36 2 Pais, a inatividade é a maior maldição que já caiu sobre os jovens. Não deveis permitir que vossas filhas permaneçam na cama até tarde, deixando que o sono dissipe as preciosas horas que Deus lhes concedeu para serem dedicadas aos melhores fins e pelas quais terão de prestar contas a Ele. A mãe causa um grande dano às filhas levando as cargas que deveriam partilhar com ela para seu próprio bem presente e futuro. A conduta seguida por muitos pais ao permitir que os filhos sejam indolentes e satisfaçam seu desejo de ler novelas, incapacita-os para a vida real. A leitura de ficção e novelas é o maior mal a que podem entregar-se os jovens. As leitoras de novelas e histórias de amor sempre deixam de ser mães boas e práticas. Elas constroem castelos no ar, e vivem num mundo irreal e imaginário. Tornam-se sentimentais e têm concepções doentias. Sua vida artificial tende a arruiná-las para tudo o que é útil. Têm a inteligência diminuída, embora nutram a ilusão de serem superiores em mentalidade e atitudes. Empenhar-se nos afazeres domésticos é o que há de mais vantajoso para as moças. FEC 37 1 O trabalho físico não impedirá o cultivo do intelecto. Longe disso. As vantagens obtidas pelo trabalho físico darão equilíbrio à pessoa e impedirão que se sobrecarregue a mente. O trabalho atuará sobre os músculos e aliviará o cérebro cansado. Há muitas jovens apáticas e inúteis que consideram pouco feminino ocuparem-se em trabalho ativo. Mas o seu caráter é por demais transparente para enganar a pessoas sensatas no tocante à sua verdadeira inutilidade. Elas riem sem causa, e tudo nelas é simulação. Parecem não poder pronunciar as palavras claramente e com propriedade, mas deturpam tudo o que dizem com balbucios e risadinhas tolas. São elas damas? Não nasceram tolas, mas a educação as tornou assim. Não se requer uma coisa frágil, impotente, adornada com exagero e que ri tolamente para fazer uma dama. É necessário um corpo são para ter um intelecto são. Saúde física e um conhecimento prático de todos os deveres domésticos necessários jamais constituirão um obstáculo para um intelecto bem desenvolvido; ambos são grandemente importantes para uma senhora. FEC 37 2 Todas as faculdades da mente devem ser postas em uso e desenvolvidas, a fim de que os homens e as mulheres tenham uma mente bem equilibrada. O mundo está cheio de homens e mulheres unilaterais, que ficaram assim porque uma parte de suas faculdades foi cultivada, ao passo que outras foram diminuídas pela inação. A educação da maioria dos jovens é um fracasso. Estudam em demasia, ao passo que negligenciam o que diz respeito à vida prática. Homens e mulheres tornam-se pais e mães sem considerar suas responsabilidades, e sua descendência desce mais baixo do que eles na escala da deficiência humana. Deste modo a espécie degenera rapidamente. A aplicação constante ao estudo, segundo a maneira em que as escolas são agora dirigidas, está incapacitando a juventude para a vida prática. A mente humana precisa ter atividade. Se não estiver ativa na direção certa, estará ativa na direção errada. A fim de conservá-la em equilíbrio, o trabalho e o estudo devem estar unidos nas escolas. FEC 38 1 Deveriam ter sido tomadas providências nas gerações passadas para uma obra educacional em maior escala. Relacionados com as escolas, deveria ter havido estabelecimentos de manufatura e de agricultura, como também professores de trabalhos domésticos. E uma parte do tempo diário deveria ter sido dedicada ao trabalho, de modo que as faculdades físicas e mentais pudessem exercitar-se igualmente. Se as escolas se houvessem estabelecido de acordo com o plano que mencionamos, não haveria agora tantas mentes desequilibradas. FEC 38 2 Deus preparou um belo jardim para Adão e Eva. Proveu-os de tudo quanto exigiam suas necessidades. Plantou para eles árvores frutíferas de toda a espécie. Com mão liberal circundou-os de Suas mercês. As árvores para utilidade e adorno, e as lindas flores, que brotavam espontaneamente e cresciam em rica profusão ao redor deles, deviam ignorar a degeneração. Adão e Eva eram ricos de fato. Possuíam o Éden. Adão era senhor em seu belo domínio. Ninguém pode contestar o fato de que ele foi rico. Deus sabia, porém, que Adão não podia ser feliz sem ocupação. Deu-lhe portanto algo para fazer; devia cultivar o jardim. FEC 38 3 Se os homens e as mulheres deste século degenerado possuem grande soma de tesouro terrestre, que comparado com o paraíso de beleza e opulência dado à soberania de Adão é insignificante -- julgam-se eximidos do trabalho, e ensinam os filhos a considerá-lo como degradante. Esses pais abastados, por preceito e exemplo, ensinam a seus filhos que o dinheiro é o que faz o cavalheiro ou a dama. Mas o nosso conceito do que seja um cavalheiro ou uma dama se mede por seu valor intelectual e moral. Deus não avalia pelo vestuário. A exortação do inspirado apóstolo Pedro é: "Não seja o adorno [delas] o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus." Um espírito manso e tranqüilo é exaltado acima da honra ou das riquezas do mundo. FEC 39 1 O Senhor ilustra Sua avaliação dos ricos segundo o mundo, cujas almas se envaidecem por motivo de suas posses terrenas, pelo homem rico que destruiu os seus celeiros e edificou outros maiores, para ter onde guardar os seus bens. Olvidando a Deus, deixou de reconhecer de onde procediam todas as suas posses. Nenhum agradecimento ascendeu a seu amável Benfeitor. Ele felicitava a si mesmo dizendo: "Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos: descansa, come e bebe, e regala-te." O Mestre, que lhe havia confiado riquezas terrenas para que beneficiasse com elas a seu próximo e glorificasse a seu Criador, irou-Se com justiça pela ingratidão dele, e disse: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus." Temos aqui uma ilustração de como o Deus infinito avalia o homem. Imensa fortuna ou qualquer grau de riqueza não assegurará o favor de Deus. Todas essas munificências e bênçãos procedem dEle, a fim de provar e desenvolver o caráter do homem. FEC 39 2 Os homens podem ter riquezas sem limites; contudo, se não são ricos para com Deus, se não têm interesse em obter para si o tesouro celestial e a sabedoria de origem divina, são considerados loucos por seu Criador, e nós os colocamos precisamente onde Deus os coloca. O trabalho é uma bênção. Não é possível desfrutar saúde sem trabalho. É preciso exercitar todas as faculdades para que se desenvolvam devidamente e para que tanto os homens como as mulheres possuam uma mente bem equilibrada. Se os jovens houvessem recebido uma educação cabal nos diversos ramos de trabalho, se lhes tivessem ensinado o trabalho bem como as ciências, sua educação teria sido mais vantajosa para eles. FEC 40 1 A constante tensão do cérebro enquanto os músculos se mantêm inativos debilita os nervos, e por isso os estudantes têm um desejo quase irresistível de variação e de diversões excitantes. E quando se vêem livres, depois de um confinamento de diversas horas de estudo diário, parecem quase selvagens. Muitos jamais foram controlados em casa. Permitiu-se-lhes seguir as inclinações, e crêem que a restrição das horas de estudo é uma imposição severa. Não tendo nada que fazer depois dessas horas, Satanás lhes sugere os jogos e as travessuras como variação. Sua influência sobre outros estudantes é desmoralizadora. Os que gozaram no lar dos benefícios do ensino religioso e que ignoravam os vícios da sociedade, chegam a ser com freqüência os que mais se relacionam com aqueles cuja mente se conformou a um molde inferior e cujas oportunidades de adquirir cultura mental e preparação religiosa foram muito limitadas. Acham-se em perigo, ao associar-se com companhias dessa espécie, e ao respirar uma atmosfera que não é enobrecedora, mas, pelo contrário, tende a rebaixar e degradar a moralidade, de descer ao mesmo nível que seus companheiros. O deleite de um grande número de estudantes é divertir-se nas horas livres. E muitíssimos dos que deixam o lar inocentes e puros tornam-se corruptos por influência de seus companheiros de escola. FEC 40 2 Sou levada a perguntar: Deve-se sacrificar tudo o que é valioso em nossos jovens a fim de dar-lhes uma educação colegial? Se tivesse havido estabelecimentos agrícolas e industriais ligados a nossas escolas, e se houvessem sido empregados professores competentes para educar os jovens nos diversos ramos de estudo e de trabalho, dedicando parte do tempo diário ao aperfeiçoamento mental e outra parte ao trabalho físico, haveria agora uma classe mais elevada de jovens a entrar em cena e a exercer influência na modelação da sociedade. Muitos dos jovens que se graduassem em tais instituições sairiam de lá com estabilidade de caráter. Teriam perseverança, fortaleza e coragem para sobrepor-se aos obstáculos, e nobres princípios que não os deixariam ser desviados por más influências, por mais populares que fossem. Deveria ter havido professoras experientes para dar aulas às jovens no departamento culinário. As moças deveriam ter aprendido a confeccionar roupas, a cortar, fazer e consertar artigos de vestuário, instruindo-se assim nos deveres práticos da vida. FEC 41 1 Deveria haver estabelecimentos em que os jovens pudessem aprender diversos ofícios, que pusessem em atividade tanto os músculos como as faculdades mentais. Se os jovens não podem adquirir mais que uma educação unilateral, qual é mais importante: o conhecimento das ciências, com todas as suas desvantagens para a saúde e a vida, ou a aprendizagem do trabalho para a vida prática? Respondemos sem titubear: O último. Se um deles tiver de ser abandonado, que o seja o estudo dos livros. FEC 41 2 Há muitas jovens casadas e com filhos, que possuem bem pouco conhecimento prático dos deveres pertinentes a uma esposa e mãe. Lêem e sabem tocar um instrumento musical, mas não sabem cozinhar. Não sabem fazer um bom pão, tão essencial para a saúde da família. Não sabem cortar e confeccionar vestidos, pois nunca aprenderam a fazê-lo. Consideravam estas coisas sem importância, e em sua vida de casadas dependem tanto de alguma outra pessoa que realize estas coisas para elas, como seus próprios filhinhos. É esta indesculpável ignorância no tocante aos deveres mais imprescindíveis da vida que torna infelizes a muitíssimas famílias. FEC 41 3 O conceito de que o trabalho é degradante para a vida social levou para a sepultura a milhares que poderiam haver vivido. Os que fazem unicamente trabalho manual, labutam com freqüência em excesso, sem períodos de descanso; ao passo que a classe intelectual sobrecarrega o cérebro e sofre por falta do saudável vigor proporcionado pelo trabalho físico. Se a classe intelectual quisesse partilhar até certo ponto do fardo da classe operária, fortalecendo assim os músculos, a classe operária poderia fazer menos e dedicar uma parte de seu tempo à cultura mental e moral. Os que se ocupam em atividades sedentárias e literárias devem fazer exercício físico, mesmo que não necessitem trabalhar para viver. A saúde deve ser um incentivo suficiente para induzi-los a unir o trabalho físico ao mental. FEC 42 1 A cultura moral, intelectual e física deve ser combinada a fim de produzir homens e mulheres bem desenvolvidos e equilibrados. Alguns estão habilitados para realizar maior esforço intelectual que outros, ao passo que há pessoas inclinadas a amar e desfrutar o trabalho físico. Ambas essas classes devem procurar corrigir suas deficiências, para poderem apresentar a Deus todo o ser, como sacrifício vivo, santo e agradável, que é o seu culto racional. Os hábitos e costumes da sociedade amiga da moda não devem regular o seu modo de ação. O inspirado apóstolo Paulo acrescenta: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." FEC 42 2 A mente de homens pensantes trabalha demasiado. Freqüentemente eles usam suas faculdades mentais prodigamente, ao passo que há uma outra classe cujo mais elevado alvo na vida é o trabalho físico. Esta última classe não exercita a mente. Seus músculos são postos em atividade, enquanto o cérebro é privado de força intelectual, do mesmo modo que a mente dos pensadores é posta a trabalhar, enquanto o corpo é fraudado em força e vigor por negligenciarem o exercício dos músculos. Os que se contentam em devotar a vida ao trabalho físico, e deixam que outros façam por eles a parte mental, enquanto simplesmente levam a cabo o que outros cérebros planejaram, terão força muscular, mas intelecto deficiente. Sua influência para o bem é pequena em comparação com o que poderiam fazer se usassem o cérebro como usam os músculos. Esta classe é vencida mais prontamente se atacada por enfermidade, visto que o organismo é vitalizado pela força elétrica do cérebro para resistir a doenças. FEC 43 1 Homens que têm boas faculdades físicas deviam educar-se para pensar bem como para agir, e não ficar na dependência de que outros sejam cérebros para eles. É erro popular por parte de uma grande classe considerar o trabalho coisa degradante. Daí que os jovens se mostram ansiosos por educar-se a fim de se tornarem professores, clérigos, comerciantes, advogados, de modo que possam ocupar praticamente qualquer posição que não requeira esforço físico. Moças consideram o trabalho doméstico como amesquinhante. E embora o exercício físico requerido na realização de trabalho caseiro, desde que não demasiado severo, destine-se a promover a saúde, preferem buscar a educação que as habilite como professoras ou secretárias, ou aprender alguma profissão que as confine ao trabalho sedentário dentro de uma sala. O colorido da saúde desaparece-lhes das faces e tornam-se vítimas da enfermidade, pois têm falta de exercício físico e pervertem os seus hábitos em geral. Tudo isto porque é moda! Apreciam a vida delicada, que debilita e arruína. FEC 43 2 Na verdade, existem alguns motivos para que as jovens não decidam empregar-se em trabalhos domésticos, pois os que contratam pessoas para cozinheira, tratam-nas geralmente como servas. Seus patrões, com frequência, não as respeitam e lidam com elas como se fossem indignas de ser membros de sua família. Não lhes dão os privilégios que concedem à costureira, à datilógrafa e à professora de música. Mas não pode haver melhor ocupação que os trabalhos domésticos. Cozinhar bem, apresentar sobre a mesa alimentos saudáveis, de maneira atraente, requer inteligência e experiência. A pessoa que prepara o alimento a ser introduzido em nosso estômago a fim de converter-se em sangue para nutrir o organismo, ocupa uma posição muito importante e elevada. A posição de datilógrafa, costureira ou professora de música não pode igualar-se em importância à da cozinheira. FEC 44 1 O que se disse acima é uma afirmação do que poderia ter sido feito mediante um sistema de educação apropriado. O tempo é agora demasiado curto para levar a cabo o que poderia ter sido realizado nas gerações passadas; mas podemos fazer muito, mesmo nestes últimos dias, para corrigir os males existentes na educação da juventude. E visto que o tempo é curto, devemos ser fervorosos e trabalhar zelosamente para dar aos jovens a educação compatível com nossa fé. Somos reformadores. Desejamos que nossos filhos estudem com o maior proveito. A fim de realizar isto é necessário dar-lhes uma ocupação que ponha os músculos em atividade. O trabalho diário e sistemático deve constituir uma parte da educação dos jovens, mesmo nesta época tardia. Pode-se ganhar muito agora associando-se o trabalho com as escolas. Seguindo este plano, os estudantes adquirirão elasticidade de espírito e vigor de pensamento, e serão capazes de executar mais trabalho mental, em determinado tempo, do que o fariam estudando somente. E poderão sair da escola com a constituição física inalterada, e com força e coragem para perseverar em qualquer posição que lhes for designada pela providência divina. FEC 44 2 Visto que o tempo é breve, devemos labutar com diligência e redobrada energia. Nossos filhos talvez não ingressem numa escola superior, mas podem obter educação nos ramos essenciais que sejam aplicados depois na vida prática e que darão cultura à mente e exercício a suas faculdades. Muitíssimos jovens que fizeram um curso superior não obtiveram aquela educação verdadeira que pudessem pôr em uso na vida prática. Talvez tenham a fama de possuir educação superior, mas, em realidade, são apenas ignorantes educados. FEC 44 3 Há muitos jovens cujos serviços Deus aceitaria se se consagrassem a Ele sem reservas. Caso empregassem no serviço de Deus as faculdades mentais que usam para seu próprio serviço e para adquirir bens materiais, seriam obreiros fervorosos, perseverantes e de êxito na vinha do Senhor. Muitos de nossos jovens deviam voltar a atenção para o estudo das Escrituras, para que Deus possa usá-los em Sua causa. Não se tornam, porém, tão versados no conhecimento espiritual como nas coisas temporais; deixam, portanto, de realizar a obra de Deus que poderiam fazer de maneira aceitável. Há tão-somente uns poucos para admoestar os pecadores e ganhar almas para Cristo, quando deveria haver muitos. Nossos jovens geralmente são sábios em assuntos mundanos, mas não são entendidos no tocante às coisas do reino de Deus. Poderiam concentrar a mente num conduto celestial, divino, e andar na luz, avançando de um grau de luz e poder a outro, até conseguir trazer pecadores a Cristo e dirigir os incrédulos e desalentados a uma brilhante senda voltada para o Céu. E quando a luta houver terminado, poderiam receber as boas-vindas para o gozo de seu Senhor. FEC 45 1 Os jovens não devem ocupar-se na obra de explicar as Escrituras e fazer preleções sobre as profecias, quando não conhecem a fundo as importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outros. Podem ser deficientes nos ramos comuns de educação e deixar, portanto, de realizar o bem que conseguiriam fazer se houvessem desfrutado as vantagens de uma boa escola. A ignorância não aumenta a humildade ou a espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina podem ser melhor apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser melhor glorificado por aqueles que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a usar as faculdades que Deus nos deu, de tal maneira que exponha melhor a religião da Bíblia e promova a glória de Deus. FEC 45 2 Somos devedores Àquele que nos deu a existência, de todos os talentos que nos foram confiados; e temos o dever para com nosso Criador de cultivar e aperfeiçoar os talentos que Ele confiou a nosso cuidado. A educação disciplinará a mente, desenvolverá suas faculdades e as dirigirá de modo inteligente, para que sejamos úteis em promover a glória de Deus. Necessitamos de uma escola na qual aqueles que entram no ministério possam pelo menos receber instrução nos ramos comuns de educação, e onde aprendam também com mais perfeição as verdades da Palavra de Deus para este tempo. Em conexão com estas escolas deve haver preleções sobre as profecias. Os que realmente possuem boas aptidões que Deus aceitará para o trabalho em Sua vinha, receberiam grande benefício de uma instrução de apenas alguns meses em tais escolas. -- Testimonies for the Church 3:131-160 (1872). ------------------------Capítulo 2 -- Cristo como educador FEC 47 1 A mente humana é suscetível do mais elevado cultivo. Uma vida devotada a Deus não deve ser uma vida de ignorância. Muitos falam contra a instrução, devido a ter Jesus escolhido incultos pescadores para pregar Seu evangelho. Afirmam haver Ele mostrado preferência pelos ignorantes. Muitos homens instruídos e de destaque acreditaram em Seus ensinos. Houvessem estes, destemidamente, obedecido às convicções da consciência, e havê-Lo-iam seguido. Suas aptidões teriam sido aceitas e empregadas no serviço de Cristo, caso as houvessem oferecido. Não tiveram, no entanto, força moral, em presença dos severos sacerdotes e ciumentos príncipes, para confessar a Cristo e arriscar a própria reputação, ligando-se ao humilde Galileu. FEC 47 2 Aquele que conhecia o coração de todos, compreendeu isto. Se os educados e nobres não queriam fazer a obra que se achavam habilitados a executar, Cristo escolheria homens que haviam de ser obedientes e fiéis no cumprimento de Sua vontade. Escolheu homens humildes e uniu-os a Si, a fim de os educar para levar avante na Terra a grande obra, quando os houvesse de deixar. FEC 47 3 Cristo era a luz do mundo. A fonte de todo o conhecimento. Era capaz de habilitar os ignorantes pescadores para receber a mais alta comissão que lhes queria confiar. As lições da verdade, ministradas a esses modestos homens, eram de grande significação. Deviam abalar o mundo. Parecia coisa simples Jesus ligar essas humildes pessoas a Si; foi, porém, um acontecimento que produziu estupendos resultados. Suas palavras e obras deviam revolucionar o mundo. FEC 47 4 Jesus não desprezava a educação. A mais alta cultura do espírito, quando santificada mediante o amor e o temor de Deus, recebe Sua inteira aprovação. Os humildes homens escolhidos por Cristo estiveram com Ele por três anos, sujeitos à enobrecedora influência da Majestade do Céu. Cristo foi o maior educador que o mundo já conheceu. FEC 48 1 Deus aceitará a mocidade com seus talentos e a opulência de suas afeições, caso a Ele se consagrem. É-lhes possível atingir o mais elevado grau de grandeza intelectual; e, se forem equilibrados pelos princípios religiosos, poderão levar avante a obra que Cristo veio do Céu efetuar, sendo assim coobreiros do Mestre. FEC 48 2 Os alunos de nosso Colégio têm valiosos privilégios, não somente de obter conhecimentos de ciências, mas também de aprender a cultivar e pôr em prática virtudes que lhes proporcionarão caráter simétrico. São os responsáveis agentes morais de Deus. Os talentos da fortuna, da posição e da inteligência, são por Deus dados ao homem, em depósito, a fim de serem sabiamente aproveitados. Esses vários depósitos Ele distribuiu proporcionalmente às conhecidas faculdades e aptidões de Seus servos -- a cada um a sua obra. FEC 48 3 O Doador espera retribuições proporcionais às dádivas. O dom mais humilde não deve ser desprezado ou permanecer inativo. O pequeno regato não diz: Não correrei mais em meu leito estreito porque não sou um rio caudaloso. As hastes de capim não se negam a crescer pelo fato de não serem árvores da floresta. A lâmpada não recusa emitir sua pequena luz porque não é uma estrela. A Lua e as estrelas não recusam brilhar por não possuírem a brilhante luz do Sol. Cada pessoa tem sua própria esfera e vocação peculiares. Os que tiram o máximo proveito das oportunidades que lhes foram dadas por Deus devolverão ao Doador, por meio de seu desenvolvimento, juros proporcionais ao capital aplicado. FEC 48 4 O Senhor não galardoa a grande quantidade de trabalho. Ele não considera a grandeza da obra da mesma maneira que a fidelidade com que é realizada. Os servos bons e fiéis são recompensados. Ao cultivarmos as faculdades que Deus nos concedeu aqui, aumentaremos em conhecimento e percepção, e seremos habilitados a compreender e apreciar a vida imortal. Os que têm abusado dos privilégios que Deus lhes dá nesta vida, e que se contentam com a sua ignorância, tendo a mente completamente ocupada com assuntos insignificantes para si mesmos ou para os outros, não compreenderão a responsabilidade pessoal, não subjugarão as más tendências nem fortalecerão nobres resoluções para uma vida mais pura, elevada e santa. FEC 49 1 Os jovens devem educar-se para o mundo futuro. Perseverança na aquisição de conhecimento, controlada pelo temor e amor de Deus, dar-lhes-á crescente poder para o bem nesta vida, e os que tirarem o máximo proveito de seus privilégios para alcançar aqui as mais elevadas consecuções, levarão estas valiosas aquisições consigo para a vida futura. Buscaram e obtiveram o que é imperecível. A capacidade para apreciar as glórias que "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram", será proporcional às consecuções alcançadas mediante o cultivo das faculdades, nesta vida. FEC 49 2 Os que esvaziarem o coração de toda vaidade e escória, pela graça de Deus poderão purificar as câmaras da mente, tornando-a um tesouro de conhecimento, pureza e verdade. E ela estará constantemente estendendo-se além dos estreitos limites do pensamento mundano, para a vastidão do Infinito. A justiça e a misericórdia de Deus serão reveladas às percepções morais. Será discernido o nefando caráter do pecado, com seus resultados. O caráter de Deus, Seu amor manifestado na dádiva de Seu Filho para morrer pelo mundo, e a beleza da santidade, são excelsos assuntos para meditação. Fortalecerão o intelecto e porão o homem em íntima comunhão com o Infinito. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1877. ------------------------Capítulo 3 -- Um apelo a nossos estudantes FEC 50 1 Temos tido muitos receios de que os estudantes que freqüentam o Colégio de Battle Creek deixem de receber todo o benefício possível, no sentido da cultura religiosa, das famílias que lhes fornecem alojamento. Algumas famílias não desfrutam as agradáveis influências da religião de Cristo, embora sejam cristãos professos. A influência que esta classe de pessoas exerce sobre os estudantes é mais censurável do que a daqueles que não têm pretensões de piedade. Esses formalistas irreligiosos e irresponsáveis podem apresentar-se ao mundo com aparatosa folhagem, enquanto, assim como a figueira estéril, estão inteiramente destituídos daquilo a que só nosso Salvador dá valor -- fruto para Sua glória. Nada sabem a respeito da obra realizada no coração pela graça de Deus. Tais pessoas exercem perniciosa influência sobre todos aqueles com quem se associam. Deveria haver comissões para ver se os lares providos para os estudantes não pertencem a meros formalistas, que não sentem responsabilidade pelas almas dos queridos jovens. FEC 50 2 Muito se pode fazer pelos que se acham privados das suavizantes e subjugantes influências do círculo doméstico. O espírito manifestado por muitos revela que a linguagem do coração é: "'Acaso sou eu tutor de meu irmão?' Não tenho qualquer encargo ou responsabilidade à parte de minha própria família. Não tenho qualquer encargo ou interesse especial pelos estudantes que ocupam quartos em minha casa." Gostaria de perguntar a estas pessoas se elas têm encargos e sentem responsabilidades para com seus próprios filhos. Lamento ver tão pouca ansiedade da parte de alguns pais, de que todas as influências que circundam os seus filhos sejam favoráveis à formação do caráter cristão; mas os que sentem peso de alma por seus próprios queridos não devem restringir egoisticamente seu interesse a sua própria família. Jesus é nosso exemplo em todas as coisas; não nos deu, porém, qualquer exemplo de semelhante egoísmo manifestado por muitos que professam ser Seus seguidores. Se permanecemos em Cristo e Seu amor permanece em nós, amaremos aqueles por quem Cristo morreu; pois Ele ordenou que Seus seguidores amassem uns aos outros, assim como Ele os amou. Os que professamos o Seu nome obedecemos a este preceito? Se falharmos neste ponto, também falharemos nos outros. Houvesse Cristo procurado Seu próprio benefício, conveniência e prazer, o mundo teria sido deixado a perecer em seu pecado e corrupção. FEC 51 1 Uma estranha indiferença para com a salvação de almas parece ter-se apoderado de muitos cristãos professos. Pecadores podem estar perecendo em toda parte ao seu redor, mas não têm particular interesse na questão. Será que Cristo dirá a estes indiferentes: "Muito bem, servo bom e fiel; entra no gozo do teu Senhor"? O gozo de Cristo consiste em ver almas redimidas pelo sacrifício que Ele fez em seu favor. FEC 51 2 Moços e moças que não estão sob as influências de um lar, precisam de alguém que cuide deles e que por eles manifeste algum interesse; e os que isso fazem, estão suprindo uma grande falta, e verdadeiramente tanto estão fazendo uma obra para Deus e a salvação de almas, como o ministro no púlpito. Esta obra de desinteressada beneficência em trabalhar para o bem da juventude, não é nada mais do que aquilo que Deus requer de cada um de nós. Com que fervor deve o cristão experiente trabalhar para evitar a formação dos hábitos que mancham indelevelmente o caráter! Tornem os seguidores de Cristo a Palavra de Deus atrativa para os jovens. Seja o vosso próprio caráter, abrandado e subjugado pelas belezas da santidade, um constante sermão diário para os jovens. Não manifesteis um espírito de murmuração; mas conquistai-os para santidade de vida e obediência a Deus. Alguns crentes professos, com seu mau humor, repelem os jovens. O coração dos jovens é agora como cera impressionável, e podeis levá-los a admirar o caráter cristão; dentro de alguns anos, porém, a cera poderá transformar-se em granito. FEC 51 3 Solicito aos professos cristãos de Battle Creek como igreja e como indivíduos: Assumi as responsabilidades que Deus vos confiou. Andai pessoalmente com Deus; e exercei uma influência sobre os jovens que os preserve de cair sob as múltiplas tentações apresentadas de modo atrativo para seduzir os jovens desta geração. Satanás está levando vantagem sobre o professo povo de Deus. Eles parecem estar inconscientes dos perigos dos jovens e da ruína que os ameaça. Satanás ostenta exultantemente suas vitórias sobre os jovens; e os que professam ser soldados da cruz permitem que ele arrebate suas vítimas debaixo do próprio teto, e se mostram admiravelmente resignados. FEC 52 1 Os casos de muitos são considerados irremediáveis pelos que não estenderam uma mão ajudadora para salvá-los. Alguns deles poderiam ter sido salvos; e mesmo agora, se fosse manifestado apropriado interesse por eles, ainda poderiam ser alcançados. O que possuímos nós, que não tenha sido recebido? Somos devedores a Cristo por toda habilidade, toda virtude, todo bom pensamento e toda ação correta. Por nós mesmos não temos nada de que vangloriar-nos. Com submissão e humildade, prostremo-nos aos pés da cruz; e que todas as nossas palavras e atos sejam de molde a conquistar outros para Cristo, e não a impeli-los para mais longe dEle. FEC 52 2 Dirijo-me a vós que residis no grande centro da obra. Não podeis ser formalistas descuidosos e irreverentes exclusivamente para vós mesmos. Muitas testemunhas estão olhando para vós, e muitos pautam a sua conduta pela vossa. Uma vida irreligiosa não só sela a vossa própria condenação, mas arruína também a outros. Vós que viveis onde têm de ser mantidos tão grandes interesses, deveis ser homens expeditos, fiéis sentinelas, que nunca deixem de estar de prontidão. Um momento descuidado passado em comodismo egoísta ou em satisfação própria pode conceder ao inimigo uma vantagem que anos de penoso labor não consigam reparar. Os que escolhem Battle Creek como seu lar devem ser homens e mulheres de fé e oração, leais aos interesses dos que os rodeiam. Sua única segurança está em andar com Deus. FEC 52 3 Haverá diversidade de caráter entre os jovens que freqüentam o Colégio de Battle Creek. Eles foram educados e disciplinados de maneira diferente. A muitos se permitiu seguir a inclinação de suas próprias mentes inexperientes. Os pais pensam que amam a seus filhos, mas se têm demonstrado seus piores inimigos. Têm deixado o mal prosseguir sem restrição. Têm permitido aos filhos acariciar o pecado, o que se assemelha a acariciar e mimar uma víbora, que não somente picará a vítima que a acaricia, mas também a todos aqueles com quem esta se relaciona. FEC 53 1 Alguns desses filhos amimados se encontram entre os estudantes que freqüentam nosso colégio. Os professores e todos os que se interessam pelos estudantes e desejam ajudá-los têm a não invejável tarefa de procurar auxiliar a essa classe de jovens insubmissos. Não estiveram sujeitos a seus pais no lar, e não fazem uma idéia do que é ter um dirigente na escola ou nos lares em que se hospedam. Quanta fé, paciência, graça e sabedoria são necessárias para lidar com esses jovens negligenciados e dos quais se deve ter muita compaixão! Os pais enganados talvez se coloquem até ao lado dos filhos contra a disciplina da escola e do lar. Querem impedir os outros de cumprir o dever que Deus deles requer e que negligenciaram abertamente. Quanta sabedoria divina é necessária para lidar com justiça e amar a misericórdia sob tais circunstâncias probantes! Quão difícil é equilibrar na direção certa mentes deturpadas por esse desleixo! Alguns não têm sido reprimidos, ao passo que outros têm sido governados em demasia; e quando estão longe das vigilantes mãos que mantinham rigorosamente as rédeas do controle, deixando o amor e a misericórdia fora de cogitação, decidem não receber ordens de ninguém. Desdenham até da própria idéia de restrição. FEC 53 2 Os que têm a difícil tarefa de educar esses jovens e moldar-lhes o caráter, acaso não devem ser objeto das constantes orações dos filhos de Deus? Cuidados, encargos e pesadas responsabilidades devem ser o quinhão do professor consciencioso e temente a Deus, bem como dos prestimosos pais e mães em Israel que residem em Battle Creek. Todos os cristãos sinceros, que apreciam as almas pelas quais Cristo morreu, envidarão diligentes esforços a fim de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para corrigir até mesmo os erros e as negligências dos pais naturais. Os professores sentirão que recai sobre eles o dever de apresentar os seus alunos diante do mundo e de Deus com caráter simétrico e mente bem equilibrada. Mas os professores não podem arcar com todo esse fardo, e não se deve esperar que só eles sejam responsáveis pelas boas maneiras e moral elevada de seus alunos. Toda família que provê alojamento para eles deve ter regras a que precisam sujeitar-se. Não constituirá um ato de bondade para eles ou seus pais permitir que formem hábitos desordenados e que destruam ou danifiquem a mobília. Se têm exuberante vivacidade e excesso de energia, que façam vigoroso trabalho manual até que o cansaço os incentive a apreciar o descanso em seus quartos. FEC 54 1 Os quartos de alguns estudantes no ano passado deram uma impressão desfavorável de seus ocupantes. Se os estudantes são grosseiros e rudes, seus quartos com freqüência evidenciam este fato. Brincadeiras arrojadas, gargalhadas ruidosas e ficar acordado até altas horas da noite não deve ser tolerado pelos que alugam quartos. Se relevam tal procedimento da parte dos estudantes, causam-lhes um grave dano, e tornam-se, em grande medida, responsáveis pela má conduta. Os quartos dos estudantes devem ser visitados freqüentemente, para ver se são favoráveis à saúde e ao conforto, e para verificar se todos estão vivendo de acordo com os regulamentos da escola. Deve-se indicar qualquer desleixo, e labutar fielmente em favor dos estudantes. Caso sejam insubordinados e não queiram ser controlados, é melhor que voltem para casa, e a escola estará em melhor situação sem eles. Nosso colégio não deve ficar depravado por causa de alguns estudantes indisciplinados. Muitos colégios em nosso país são lugares em que os jovens correm o perigo de se tornarem imorais e depravados por meio dessas más associações. FEC 54 2 As associações de nossos estudantes são uma questão importante, e não devem ser negligenciadas. Muitos que chegam a nosso colégio são cristãos professos. Deve-se manifestar especial interesse por eles e encorajá-los em seus esforços por levar uma vida cristã. Tanto quanto possível, devem ser escudados contra as tentações que assaltam os jovens em todo lugar a que se volvam. Para os que tiveram anos de experiência, as tentações que derrotam esses jovens talvez se afigurem tão leves e insignificantes que sejam levados a retirar suas simpatias dos que são tentados e provados. Isto está errado. Sua própria vida e experiência inicial talvez tenham sido até mais instáveis do que as dos jovens a quem censuram por suas debilidades. FEC 55 1 Muitos que professam ser seguidores de Cristo são fracos do ponto de vista moral. Jamais foram heróis da cruz, e são desviados com facilidade de sua lealdade a Deus por prazeres ou diversões egoístas. Tais pessoas precisam ser ajudadas. Não devem depender do acaso na escolha de seus companheiros e colegas de quarto. Os que amam e temem a Deus devem levar sobre a alma o peso destes casos e agir discretamente ao modificar associações desfavoráveis. Jovens cristãos que propendem a ser influenciados por parceiros irreligiosos devem ter como companheiros a indivíduos que fortaleçam as boas resoluções e as inclinações religiosas. Um jovem bem disposto e com pendores religiosos, e mesmo aquele que professa religião, pode perder as suas impressões religiosas pela associação com alguém que fala desdenhosamente das coisas sagradas e religiosas, que talvez escarneça delas, e que tem falta de reverência e escrúpulo. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Alguns são fracos na fé; se forem colocados, porém, junto com bons colegas de quarto, que exerçam forte influência em favor do que é direito, podem ser impelidos na direção certa, obter uma valiosa experiência religiosa, e ser bem-sucedidos na formação do caráter cristão. FEC 55 2 Quisera que nossos irmãos e irmãs velassem pelas almas, como quem deve prestar contas. Minha mente tem estado muito ocupada com este assunto. Insisto com os que professam a Cristo sobre a necessidade de se revestirem de toda a armadura, trabalhando então em favor de nossos jovens que freqüentam o Colégio de Battle Creek. Talvez não precisem tanto de sermões e longas preleções recriminativas, como de genuíno interesse. Mostrai-lhes por vossas obras que os amais e que tendes cuidado por sua alma. FEC 56 1 Se manifestásseis para os tenros jovens que agora estão vindo para Battle Creek, os quais são lançados nos próprios braços da igreja, metade do cuidado que tendes pelos vossos interesses temporais, poderíeis prendê-los a vós pelos mais fortes laços de simpatia; e vossa influência sobre eles seria um poder para o bem. -- The Review and Herald, 21 de Fevereiro de 1878. ------------------------Capítulo 4 -- Pensamentos sobre educação FEC 57 1 Nenhuma obra já empreendida pelo homem requer maior cuidado e habilidade do que o devido ensino e educação dos jovens e das crianças. Não há influências tão poderosas como as que nos cercam em nossos primeiros anos. Diz o sábio: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele." A natureza do homem é tríplice, e o ensino recomendado por Salomão abrange o devido desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais. Para poderem realizar corretamente essa obra, pais e professores devem compreender eles mesmos "o caminho em que a criança deve andar". Isso envolve mais do que o conhecimento de livros ou o aprendizado das escolas. Abrange a prática da temperança, da bondade fraternal e da piedade; o desempenho de nossos deveres para com nós mesmos, para com os nossos semelhantes e para com Deus. FEC 57 2 Deve o ensino das crianças ser dirigido num princípio diferente do que governa o ensino de animais irracionais. Os animais devem apenas ser acostumados a submeter-se a seu dono, mas a criança deve ser ensinada a dominar-se. A vontade precisa ser ensinada a obedecer aos ditames da razão e da consciência. Pode a criança ser tão disciplinada que, como o animal, não tenha vontade própria, perdendo-se a sua individualidade na do mestre. Tal ensino é insensato, e desastrosos os seus efeitos. As crianças assim educadas, serão deficientes na firmeza e decisão. Não são ensinadas a agir por princípio; a faculdade do raciocínio não é fortalecida pelo exercício. Tanto quanto possível, deve cada criança ser ensinada a ter confiança em si mesma. Pondo em exercício as várias faculdades, aprenderá onde é mais forte e em que é deficiente. O instrutor sábio dará especial atenção ao desenvolvimento dos traços mais fracos, para que a criança possa formar um caráter bem equilibrado e harmonioso. FEC 57 3 Em algumas escolas e famílias, as crianças parecem bem educadas, enquanto se acham sob a disciplina imediata, mas quando o sistema que as manteve apegadas a regras estabelecidas se desfaz, parecem ser incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Se houvessem sido ensinadas a exercer seu próprio juízo prontamente e ao máximo, o mal teria sido evitado. Foram, porém, dominadas por tanto tempo pelos pais ou professores, que dependem inteiramente deles. O que procura fazer com que a individualidade de seus alunos venha a imergir na dele, de modo que a razão, o juízo e a consciência sejam submetidos a seu controle, assume desautorizada e tremenda responsabilidade. Os que ensinam os alunos a sentir que neles próprios está o poder para se tornarem homens e mulheres honrados e úteis, serão os que têm êxito mais permanente. Talvez sua obra não se mostre ao descuidoso observador sob o aspecto mais vantajoso, nem seja tão altamente apreciada como a do mestre que mantém absoluto controle, mas a vida futura dos alunos manifestará os resultados do melhor sistema de educação. FEC 58 1 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que tende a repelir, ao invés de conquistar a confiança e a afeição. Caso reunissem os filhos com mais freqüência bem junto a si, e manifestassem interesse em suas atividades, e mesmo em suas brincadeiras, conquistariam o amor e a confiança dos pequeninos, e a lição de respeito e obediência seria aprendida com muito mais facilidade; pois o amor é o melhor mestre. Um interesse similar manifestado aos jovens produzirá os mesmos resultados. O coração da juventude é pronto em responder ao toque de simpatia. FEC 58 2 Nunca se deve olvidar que o professor tem de ser o que deseja que os seus alunos se tornem. Por conseguinte, seus princípios e hábitos devem ser considerados como tendo até maior importância do que suas habilitações intelectuais. Deve ser um homem que teme a Deus e sinta a responsabilidade de Sua obra. Deve compreender a importância do preparo físico, mental e moral, e dar a devida atenção a cada um deles. Quem deseja controlar os alunos precisa controlar primeiro a si mesmo. Para granjear-lhes o amor, deve mostrar pela fisionomia, palavras e atos que seu coração se acha repleto de amor por eles. Ao mesmo tempo, porém, firmeza e decisão são indispensáveis na obra de formar hábitos corretos e desenvolver caráter nobre. FEC 59 1 O preparo físico deve ocupar um lugar importante em todo sistema de educação. É dever dos pais e professores relacionar-se com o organismo humano e as leis pelas quais é governado, e, tanto quanto possível, assegurar a seus filhos e alunos a maior de todas as bênçãos terrenas: "Mente sã em corpo são." Morrem anualmente milhares de crianças, e muitas outras são deixadas para levar uma vida de infortúnio, talvez de pecado, devido à ignorância ou negligência de pais e professores. FEC 59 2 Muitas mães gastam horas e mesmo dias em trabalho desnecessário, meramente para ostentação, e não têm tempo para obter a informação necessária que as habilite a preservar a saúde de seus filhos. Entregam o corpo dos filhos aos cuidados do médico, e a alma aos cuidados do pastor, para que possam continuar tranqüilamente a prestar culto à moda. Familiarizar-se com o maravilhoso mecanismo do corpo humano, compreender a dependência de um órgão para com outro, para salutar atividade de todos, é uma ocupação em que não têm interesse. Pouco sabem acerca da influência recíproca da mente e do corpo. A própria mente, esse maravilhoso dom que une o finito com o infinito, não é compreendida por elas. FEC 59 3 Por gerações, o sistema de educação popular, especialmente para as crianças, tem sido prejudicial à saúde e à própria vida. Crianças novas têm passado cinco ou até seis horas por dia em salas mal ventiladas ou sem suficiente espaço para a saudável acomodação dos alunos. O ar dessas salas fica em breve envenenado para os pulmões que o inalam. E ali os pequeninos, com um corpo ativo e inquieto, e uma mente não menos ativa e inquieta, têm permanecido ociosos durante os longos dias de verão, quando o belo mundo exterior os convidava a colher saúde e felicidade com os pássaros e as flores. Muitas crianças têm, quando muito, uma tênue ligação com a vida. O confinamento na escola torna-as nervosas e doentias. Seu corpo definha por falta de exercício e por exaustão do sistema nervoso. Se a lâmpada da vida se apaga, pais e professores nem sequer suspeitam que tiveram algo que ver com a extinção da centelha vital. Essa dolorosa perda é considerada como especial determinação da Providência, quando a verdade é que inescusável ignorância e negligência das leis naturais destruíram a vida dessas crianças. Era desígnio de Deus que vivessem fruindo saúde e vigor, para desenvolver um caráter puro, nobre e belo, para glorificá-Lo nesta vida e para louvá-Lo eternamente na vida futura. FEC 60 1 Quem pode calcular o número de vidas que têm sido arruinadas por cultivar as faculdades intelectuais em detrimento das faculdades físicas? A atitude de pais e mestres imprudentes, estimulando a mente da juventude por meio de lisonja ou temor, tem sido fatal para muitos alunos promissores. Em vez de incitá-los com todos os incentivos possíveis, o mestre sensato reprimirá um pouco a mente demasiado ativa, até que a constituição física se torne suficientemente forte para suportar o esforço mental. FEC 60 2 Para que os jovens possam ter saúde e alegria, que dependem do normal desenvolvimento físico e mental, deve-se ter o cuidado de regular devidamente o estudo, o trabalho e a recreação. Os que se aplicam ao estudo em detrimento do exercício físico, prejudicam a saúde ao fazer isso. Há um desequilíbrio na circulação, recebendo o cérebro sangue em demasia, e as extremidades muito pouco. Seus estudos devem ser limitados a um número apropriado de horas, dedicando-se então o tempo a trabalho ativo ao ar livre. FEC 60 3 Às criancinhas deve-se permitir correr e brincar fora de casa, desfrutando o ar fresco e puro, e a vivificante luz solar. Estabeleça-se no começo da vida o fundamento de uma forte constituição física. Os pais devem ser os únicos professores de seus filhos até atingirem oito ou dez anos de idade. Tenha a mãe menos cuidado pelo que é artificial, recuse dedicar suas faculdades à escravidão do exibicionismo da moda, e reserve tempo para cultivar em si mesma e nos filhos o amor pelas belas coisas da Natureza. Chame a atenção deles para as glórias difundidas nos céus, para os milhares de belas formas que adornam a Terra, e fale então para eles a respeito dAquele que criou tudo isso. Poderá conduzir assim sua tenra mente para o Criador e despertar em seu coração reverência e amor para com o Doador de todas as bênçãos. Os campos e as colinas -- a sala de audiências da Natureza -- devem ser a sala de aula das criancinhas; os tesouros naturais, seu livro. As lições assim inculcadas na mente deles não serão esquecidas com facilidade. FEC 61 1 As obras de Deus na Natureza encerram lições de sabedoria e dons de cura para todos. As variadas cenas das estações periódicas apresentam constantemente novos indícios de Sua glória, de Seu poder e amor. Seria bom que os estudantes mais velhos, enquanto se esforçam por adquirir as habilidades e a cultura dos homens, também buscassem mais da sabedoria de Deus -- aprender mais acerca das leis divinas, tanto naturais como morais. Na obediência a essas leis há vida e felicidade, neste mundo e no mundo por vir. -- The Review and Herald, 10 de Janeiro de 1882. ------------------------Capítulo 5 -- Uma visita a College City FEC 62 1 Há algumas semanas, visitei College City (Califórnia), para falar, a convite, sobre o assunto da temperança. A igreja foi oferecida para a ocasião, e havia uma boa assistência. O povo desse lugar já tomou uma louvável posição em favor dos princípios de temperança. Com efeito, foi com essa condição que se estabeleceu um colégio aqui. O terreno em que se encontra o edifício escolar, com uma grande área circundante, foi doado à Igreja Cristã para fins educacionais, com a estipulação de que jamais seja aberto algum bar a menos de cinco quilômetros do colégio. Este acordo parece ter sido cumprido fielmente. Notamos que os jovens se achavam mais seguros ao freqüentar a escola numa tal cidade, do que onde há bares abertos dia e noite, em cada esquina. FEC 62 2 Os regulamentos deste colégio resguardam estritamente a associação entre moços e moças durante o período letivo. Só quando esses regulamentos são suspensos temporariamente, como às vezes é o caso, podem os rapazes acompanhar as moças à entrada e à saída das reuniões públicas. Nosso próprio colégio em Battle Creek tem regulamentos similares, porém não tão rigorosos. Eles são indispensáveis para proteger os jovens contra o perigo de namoro prematuro e casamento insensato. Os jovens são enviados ao colégio por seus pais para obterem educação, não para flertarem com o sexo oposto. O bem da sociedade, bem como os mais altos interesses dos alunos, requer que não tentem escolher um companheiro de vida enquanto seu próprio caráter ainda não se acha desenvolvido, amadurecido o discernimento, encontrando-se eles ao mesmo tempo privados do cuidado e guia paternos. FEC 62 3 É em virtude da falha educação do lar que os jovens são tão pouco dispostos a se submeterem à devida autoridade. Eu sou mãe. Sei por isto o que digo quando afirmo que os jovens e as crianças não estão apenas mais seguros porém mais felizes sob a salutar restrição, do que quando seguem suas próprias inclinações. Pais, vossos filhos e filhas não são devidamente guardados. Jamais deve ser-lhes permitido ir e vir quando bem entendem, sem vosso conhecimento e consentimento. A ilimitada liberdade permitida aos filhos hoje em dia tem-se provado a ruína de milhares. A quantos se tem permitido permanecer na rua à noite, e os pais se comprazem em ignorar as amizades de seus filhos. Não raro são escolhidos companheiros cuja influência tende unicamente para a desmoralização. FEC 63 1 Sob a proteção da noite, rapazes se reúnem em grupos para aprender suas primeiras lições em jogos de cartas, de azar, e para fumar e bebericar vinho ou cerveja. Filhos de pais religiosos se arriscam a entrar em bares para petiscar ou para qualquer outra extravagância semelhante, e assim colocam-se no caminho da tentação. A própria atmosfera desses ambientes cheira a blasfêmia e poluição. Ninguém pode permanecer por muito tempo aí sem se corromper. É em virtude de tais associações que jovens promissores estão se tornando embriagados e criminosos. É preciso guardar-se contra as próprias fontes do mal. Pais, a menos que saibais que o ambiente é irrepreensível, não permitais que vossos filhos saiam à rua depois de cair a noite, a fim de se empenharem em competições esportivas ao ar livre ou para se encontrarem com outros rapazes com o propósito de se divertirem. Se esta regra for rigidamente imposta, a obediência tornar-se-á habitual, cessando o desejo de transgressão. FEC 63 2 Os que estão buscando escudar os jovens contra a tentação e prepará-los para uma vida de utilidade, acham-se empenhados numa boa obra. Alegramo-nos em ver, em qualquer instituição de ensino, o reconhecimento da importância da devida restrição e disciplina para os jovens. Oxalá sejam os esforços de todos os instrutores assim coroados de êxito. -- The Signs of the Times, 2 de Março de 1882. ------------------------Capítulo 6 -- O lar e a escola FEC 64 1 A época atual vangloria-se de que nunca dantes os homens possuíram tantas facilidades para a obtenção de conhecimento ou manifestaram um interesse tão geral pela educação. A despeito, porém, desse alardeante progresso, existe um espírito de insubordinação e temeridade sem paralelo na nova geração; a degeneração mental e moral é quase universal. A educação popular não corrige o mal. A frouxa disciplina em muitas instituições de ensino quase tem destruído sua utilidade, tornando-as, nalguns casos, uma maldição, e não uma bênção. Este fato tem sido visto e deplorado, e estão sendo envidados diligentes esforços para corrigir as falhas em nosso sistema educacional. Há urgente necessidade de escolas em que os jovens possam adquirir hábitos do domínio próprio, aplicação e confiança em si mesmos, de respeito para com os superiores e de reverência para com Deus. Com tal instrução, poderemos esperar ver os jovens preparados para honrar o seu Criador e ser uma bênção para os semelhantes. FEC 64 2 Foi para conseguir tais objetivos que se fundou o nosso Colégio de Battle Creek. Os que procuram, porém, realizar semelhante obra verificam que seu cometimento está repleto de numerosas e graves dificuldades. O mal que constitui a base de todos os outros e que amiúde neutraliza os esforços dos melhores professores, encontra-se na disciplina do lar. Os pais não discernem a importância de escudar os filhos contra as sedutoras tentações desta época. Eles mesmos não exercem o devido controle, e não apreciam, portanto, corretamente o seu valor. FEC 64 3 Muitos pais e mães erram por deixarem de secundar os esforços do fiel professor. Os jovens e as crianças, com sua compreensão imperfeita e juízo não desenvolvido, nem sempre conseguem entender todos os planos e métodos do professor. No entanto, quando transmitem em casa informações sobre o que é dito e feito na escola, são elas debatidas pelos pais no círculo familiar, e o procedimento do professor é criticado sem restrição. Aqui os filhos aprendem lições que não são olvidadas com facilidade. Todas as vezes que estiverem sujeitos a restrições fora do comum ou tiverem de aplicar-se a penoso estudo, apelarão a seus pais imprudentes por simpatia e condescendência. Deste modo é incentivado um espírito de inquietação e descontentamento, a escola como um todo sofre em resultado da influência desmoralizadora, e o fardo do professor torna-se muito mais pesado. A maior perda, porém, é experimentada pelas vítimas desse desgoverno dos pais. Defeitos de caráter que o devido ensino teria corrigido, são deixados a fortalecer-se com os anos, para danificar e talvez destruir a utilidade de seu possuidor. FEC 65 1 Por via de regra, verifica-se que os estudantes mais propensos a queixar-se da disciplina escolar, são os que receberam uma educação superficial. Jamais tendo aprendido a necessidade de inteireza, encaram-na com desagrado. Os pais têm negligenciado instruir seus filhos e filhas para o fiel desempenho dos deveres domésticos. Permite-se que as crianças passem o tempo brincando, enquanto o pai e a mãe labutam incessantemente. Poucos jovens sentem que é seu dever arcar com uma parte dos encargos da família. Não lhes é ensinado que a condescendência com o apetite ou a busca de comodidade ou prazer não constituem o principal objetivo da vida. FEC 65 2 O círculo familiar é a escola em que a criança recebe suas primeiras e mais duradouras lições. Por isso devem os pais demorar-se mais no lar. Por preceito e exemplo devem ensinar aos filhos o amor e o temor de Deus; devem ensinar-lhes a ser compreensivos, sociáveis, afetivos; a cultivar hábitos industriosos, de economia e abnegação. Dando aos filhos amor, simpatia e encorajamento no lar, os pais podem prover-lhes um seguro e aprazível refúgio contra muitas tentações do mundo. FEC 65 3 "Falta tempo", diz o pai; "não tenho tempo de dedicar-me à instrução de meus filhos; não tenho tempo de dedicar-me a prazeres sociais domésticos." Então não devíeis ter tomado sobre vós a responsabilidade de uma família. Privando-os do tempo que lhes pertence por direito, estais lhes roubando a educação que deviam receber de vossas mãos. Se tendes filhos, tendes uma obra a fazer, em união com a mãe, na formação do caráter deles. Os que julgam ter a imperativa obrigação de labutar em favor do melhoramento da sociedade, enquanto seus próprios filhos crescem indisciplinados, deveriam averiguar se não se equivocaram quanto a seu dever. Sua própria família é o primeiro campo missionário em que os pais devem labutar. Os que abandonam o jardim do lar para que nele cresçam espinhos e cardos, enquanto manifestam grande interesse no cultivo do terreno do vizinho, estão desprezando a Palavra de Deus. FEC 66 1 Repito: É a falta de amor e piedade, e a negligência de adequada disciplina no lar que suscitam tanta dificuldade nas escolas e nos colégios. Há um pavoroso estado de indiferença e apatia entre professos cristãos. Eles são insensíveis, descaridosos, implacáveis. Estes maus traços, primeiro tolerados em casa, exercem sua perniciosa influência em todas as relações da vida diária. Se o espírito de bondade e cortesia fosse acalentado por pais e filhos, seria visto também na relação entre o professor e o aluno. Cristo deve ser um hóspede honrado no círculo familiar, e Sua presença não é menos necessária na sala de aula. Oxalá o poder convertedor de Deus abrande e suavize o coração de pais e filhos, professores e estudantes, e o transforme à semelhança de Cristo. FEC 66 2 Pais e mães devem estudar o caráter dos filhos com diligência e oração. Devem procurar reprimir e conter os traços demasiado salientes, e estimular outros que sejam deficientes, assegurando assim um desenvolvimento harmonioso. Isto não é uma questão de somenos importância. O pai talvez não considere um grande pecado negligenciar o preparo de seus filhos; mas é assim que Deus o considera. Os pais cristãos necessitam de cabal conversão a esse respeito. A culpa se acumula sobre eles, e as conseqüências de suas ações passam de seus próprios filhos para os filhos destes últimos. A mente mal-equilibrada, o temperamento precipitado, o mau humor, a inveja, o ciúme testificam da negligência paterna. Esses maus traços de caráter trazem grande infelicidade aos que os possuem. Quantos deixam de receber dos companheiros e amigos o amor que poderiam obter, se fossem mais amáveis! Quantos criam dificuldades aonde quer que vão, e em tudo em que se empenham! FEC 67 1 Os filhos têm reivindicações que os pais devem reconhecer e respeitar. Eles têm direito a privilégios tais como educação e instrução que os farão membros úteis da sociedade, respeitados e amados aqui, e lhes darão aptidão moral para a sociedade do puro e santo porvir. Aos jovens deve ensinar-se que o seu bem-estar tanto presente como futuro depende em grande medida dos hábitos que formarem na meninice e na juventude. Cedo devem ser acostumados à submissão, à abnegação e ao respeito pela felicidade de outros. Devem ser ensinados a subjugar o temperamento rude, a conter as palavras impulsivas, a manifestar invariável bondade, cortesia e domínio próprio. Pais e mães devem fazer estudo de sua vida para que seus filhos possam tornar-se tão perfeitos no caráter quanto o esforço humano combinado com o auxílio divino possa torná-los. Esta obra, com toda a sua importância e responsabilidade, eles aceitaram, desde que trouxeram filhos ao mundo. FEC 67 2 Os pais devem fazer com que seu próprio coração e vida sejam controlados pelos preceitos divinos, se desejam criar os seus filhos na disciplina e na admoestação do Senhor. Eles não têm autorização para se irritarem, ralharem e ridicularizarem. Nunca devem escarnecer dos filhos que têm perversos traços de caráter, que eles mesmos lhes transmitiram. Esse modo de disciplina jamais curará o mal. Pais, apresentai os preceitos da Palavra de Deus ao admoestar e reprovar vossos filhos obstinados. Mostrai-lhes um "assim diz o Senhor" como vossa exigência. Uma reprovação que vem como palavra de Deus, é muito mais eficiente que a que sai em tom áspero e colérico dos lábios dos pais. FEC 68 1 Sempre que pareça necessário negar os desejos ou se opor à vontade de uma criança, deve ela ser seriamente impressionada com o pensamento de que isto não é feito para satisfazer os pais, ou para condescender com autoridade arbitrária, mas para o seu próprio bem. Deve ser-lhe ensinado que toda falta não corrigida trar-lhe-á infelicidade e desagradará a Deus. Sob tal disciplina, as crianças encontrarão sua maior alegria em submeter sua vontade à de seu Pai celestial. FEC 68 2 Alguns pais -- bem como alguns professores -- parecem olvidar que eles mesmos já foram crianças. São altivos, indiferentes e destituídos de simpatia. Onde quer que sejam postos em contato com os jovens -- no lar, nas aulas diárias, na Escola Sabatina ou na igreja -- mantêm o mesmo ar autoritário, e sua fisionomia encerra habitualmente uma expressão solene e reprovadora. A alegria ou a obstinação infantil, a buliçosa atividade da vida jovem, não encontra desculpa a seus olhos. Pequenas faltas são tratadas como graves pecados. Tal disciplina não é cristã. As crianças assim educadas têm medo dos pais ou dos professores, mas não os amam; não lhes confidenciam suas experiências infantis. Algumas das mais valiosas qualidades da mente e do coração se arrefecem até morrer, como uma tenra planta diante da gélida rajada de vento. FEC 68 3 Sorride, pais! Sorride, professores! Se vosso coração está triste, que vosso rosto não o revele. Deixai que a alegria de um coração amorável e grato refulja no rosto. Saí de vossa fria dignidade, adaptando-vos às necessidades das crianças, fazendo que elas vos amem. Necessitais conquistar-lhes a afeição, se quereis imprimir-lhes no coração as verdades religiosas. FEC 68 4 Jesus amava as crianças. Lembrava-Se de que uma vez foi criança, e Sua bondosa fisionomia conquistava as afeições dos pequeninos. Eles gostavam de brincar ao Seu redor, e de acariciar-Lhe o afável rosto com suas mãos inocentes. Quando as mães hebréias trouxeram seus bebês para serem abençoados pelo querido Salvador, os discípulos julgaram que isso era demasiado insignificante para interromper-Lhe os ensinos. Jesus compreendeu, porém, o ardente anelo do coração dessas mães, e, contendo os Seus discípulos, disse: "Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus." FEC 69 1 Pais, tendes uma obra a fazer por vossos filhos que nenhuma outra pessoa pode realizar. Não podeis lançar vossas responsabilidades sobre os outros. O dever do pai para com seus filhos não pode ser transferido à mãe. Se ela cumpre o seu próprio dever, já tem trabalho bastante. Unicamente trabalhando unidos, podem pai e mãe dar desempenho à tarefa que Deus lhes pôs nas mãos. FEC 69 2 Para os pais e os filhos é mais do que perdido o tempo dedicado à aquisição de riquezas, enquanto são negligenciados o aperfeiçoamento mental e a cultura moral. Os tesouros terrenos terão de passar; mas a nobreza de caráter e o valor moral durarão para sempre. Se a obra dos pais for bem realizada, proclamará através da eternidade sua sabedoria e fidelidade. Os que oneram ao máximo sua bolsa e sua perspicácia a fim de prover para os membros de sua família roupas dispendiosas e alimentos requintados, ou para mantê-los em ignorância do trabalho útil, terão como retribuição apenas o orgulho, a inveja, a obstinação e o desrespeito de seus filhos mimados. FEC 69 3 Desde a infância é necessário que se erga na vida dos jovens uma firme barreira entre eles e o mundo, para que não sejam afetados por sua influência corrompedora. Os pais precisam exercer crescente vigilância, a fim de que seus filhos não sejam perdidos para Deus. Se se considerasse de tanta importância que os jovens possuíssem um caráter belo, e amável disposição, como se considera importante que imitem as modas do mundo no vestuário e no comportamento, veríamos centenas onde hoje vemos um que vem para o cenário da vida ativa preparado para exercer enobrecedora influência sobre a sociedade. FEC 70 4 A obra de educação, instrução e disciplina da parte dos pais constitui a base de todas as outras. Os esforços dos melhores professores muitas vezes terão de produzir pouco resultado, se os pais e as mães deixam de desempenhar a sua parte com fidelidade. A Palavra de Deus sempre deve ser o seu guia. Não procuramos apresentar outra linha de conduta. Colocamos diante de todos os ensinos dessa Palavra pela qual deve ser julgada a nossa obra, e perguntamos: É este o padrão que nós como pais cristãos estamos procurando atingir? -- The Review and Herald, 21 de Março de 1882. ------------------------Capítulo 7 -- A importância do preparo físico FEC 71 1 O presente século se destaca por um interesse sem paralelo na educação. A ampla difusão do conhecimento por meio da imprensa, que põe ao alcance de todos os meios para sua própria cultura, tem despertado um anelo geral de progresso intelectual. FEC 71 2 Embora reconheçamos com gratidão as redobradas facilidades à nossa disposição, não devemos fechar os olhos ante os defeitos do atual sistema de educação. No ávido esforço para alcançar uma cultura intelectual, tem-se negligenciado tanto o preparo físico como a educação moral. Muitos jovens saem das instituições de ensino com a moral degradada e as faculdades físicas debilitadas, sem nenhum conhecimento da vida prática e pouca força para cumprir os seus deveres. FEC 71 3 Ao ver estes males, tenho perguntado: Devem nossos filhos e filhas tornar-se fracalhões morais e físicos a fim de obter uma educação nas escolas? Não deve ser assim, não precisa ser, se os professores e os estudantes forem fiéis às leis da Natureza, que são também as leis de Deus. Todas as faculdades da mente e do corpo devem ser postas em exercício ativo para que os jovens se tornem homens e mulheres fortes e bem equilibrados. FEC 71 4 Muitos estudantes têm tanta pressa em terminar sua educação, que não são cabais em nada do que empreendem. Poucos têm suficiente coragem e domínio próprio para agir por princípios. A maioria dos estudantes não compreende o verdadeiro objetivo da educação, e não procede, portanto, de tal maneira que o alcance. Aplicam-se ao estudo de matemática ou de línguas, ao passo que negligenciam um estudo muito mais necessário para a felicidade e o êxito da vida. Muitos dos que podem explorar as profundezas da Terra como o geólogo, ou atravessar os céus como o astrônomo, não revelam o menor interesse pelo maravilhoso mecanismo de seu próprio corpo. Outros sabem dizer com exatidão quantos ossos há no esqueleto humano e descrever corretamente cada órgão do corpo, sendo não obstante tão ignorantes acerca das leis da saúde e o tratamento das enfermidades, como se a vida fosse regida por um cego destino, em vez de por uma lei definida e invariável. FEC 72 1 A saúde física está na própria base de todas as ambições e esperanças dos estudantes. Daí a preeminente importância de adquirir um conhecimento das leis pelas quais se obtém e se conserva a saúde. Todo jovem deve aprender a regular seus hábitos alimentares -- isto é, saber o que, quando e como comer. Deve estar instruído acerca de quantas horas dedicar ao estudo e quanto tempo ao exercício físico. O corpo humano pode ser comparado a uma máquina esmeradamente ajustada, a qual requer cuidado para manter-se em bom funcionamento. Uma parte não deve estar sujeita a constante desgaste e pressão, enquanto outra se oxida pela inação. Quando a mente está atarefada, os músculos também devem ter sua parte de exercício. FEC 72 2 A devida regulação dos hábitos de comer, dormir, estudar e fazer exercício é um dever que todo estudante tem para consigo mesmo, para com a sociedade e para com Deus. A educação que tornará os jovens uma bênção para o mundo, é a que os habilita para alcançar verdadeira e nobre virilidade ou feminilidade. O estudante que estuda arduamente, dorme pouco, faz pouco exercício e come com irregularidade alimentos impróprios ou de qualidade inferior, está obtendo cultura intelectual a expensas da saúde e da moral, da espiritualidade e, talvez, da própria vida. FEC 72 3 Os jovens gostam, por natureza, de estar em atividade, e se não encontram legítimo desafogo para suas energias reprimidas após o confinamento da sala de aula, tornam-se inquietos e impacientes sob a restrição, sendo portanto induzidos a empenhar-se em esportes rudes e nada varonis, que desonram a tantas escolas e colégios, e até a precipitar-se em cenas de verdadeira dissipação. Muitos dos jovens que deixaram seus lares sendo inocentes, são corrompidos por suas relações na escola. FEC 72 4 Toda instituição de ensino deve tomar providências para o estudo e a prática da agricultura e as artes mecânicas. Devem ser empregados professores competentes para instruir os jovens nas diversas atividades industriais, bem como nos diferentes ramos de estudo. Enquanto uma parte de cada dia é dedicada ao progresso intelectual, dedique-se um tempo determinado ao trabalho físico e uma porção conveniente de tempo às práticas devocionais e ao estudo das Escrituras. FEC 73 1 Este preparo fomentará hábitos de confiança própria, firmeza e decisão. Os graduados em tais instituições estariam preparados para empenhar-se com êxito nos deveres práticos da vida. Teriam coragem e perseverança para transpor os obstáculos, e firmeza de princípios que não se renderia a más influências. FEC 73 2 Se os jovens só pudessem ter uma educação unilateral, qual seria mais importante: o estudo das ciências, com todas as suas desvantagens para a saúde e a moral, ou um cabal preparo nos deveres práticos, com a moral incólume e bom desenvolvimento físico? Respondemos sem hesitar: o último. Todavia, com o devido esforço, pode-se conseguir ambas as coisas, na maioria dos casos. FEC 73 3 Os que combinam o trabalho útil com o estudo não têm necessidade de exercícios ginásticos. E o trabalho realizado ao ar livre é dez vezes mais benéfico para a saúde do que o trabalho em recinto fechado. Tanto o mecânico como o agricultor fazem exercício físico; contudo, o agricultor é o mais sadio dos dois. Nada menos que o ar e a luz solar, meios vigorizadores da Natureza, satisfará plenamente os reclamos do organismo. O cultivador do solo encontra em seu trabalho todos os movimentos que se podem praticar no ginásio. Os campos são o seu local de exercício. A abóbada celeste é seu teto, a terra sólida seu pavimento. Ali ele ara e cava a terra, semeia e colhe. Observai como durante a sega do feno ele corta e ajunta, maneja o garfo e se contorce, levanta fardos e os carrega, arremessa-os ao solo, calca-os com os pés e os empilha. Estes diversos movimentos requerem a ação dos ossos, articulações, músculos, tendões e nervos do corpo. Seu vigoroso exercício produz aspirações e exalações plenas, profundas e fortes, que dilatam os pulmões e purificam o sangue, transmitindo a cálida corrente da vida aos borbotões pelas artérias e veias. O lavrador que é temperante em todos os seus hábitos goza em geral de boa saúde. O trabalho é agradável para ele. Tem bom apetite. Dorme bem, e pode sentir-se feliz. FEC 74 1 Contraste-se a condição do agricultor ativo com a do estudante que negligencia o exercício físico. Senta-se num aposento fechado, inclina-se sobre a escrivaninha ou a mesa, com o peito contraído e os pulmões congestionados. Não pode fazer aspirações plenas e profundas. O cérebro é sobrecarregado ao máximo, ao passo que o corpo está tão inativo como se não houvesse uso para ele. O sangue dessa pessoa se move lentamente no organismo. Seus pés estão frios, mas a cabeça está quente. Como tal pessoa pode ter saúde? FEC 74 2 Faça o estudante regularmente exercício que o obrigue a respirar profunda e plenamente, introduzindo nos pulmões o ar puro e vigorizador do céu, e será então um novo ser. Não é tanto o estudo penoso que destrói a saúde dos estudantes, como seu menosprezo pelas leis da Natureza. FEC 74 3 Nas instituições de ensino devem ser empregadas professoras experientes para instruir as jovens nos mistérios da cozinha. O conhecimento de atividades domésticas é inapreciável para toda mulher. Há um sem-número de famílias cuja felicidade foi posta a perder pela ineficiência da esposa e mãe. Não é tão importante que nossas filhas aprendam pintura, bordado, música ou mesmo "raiz cúbica", ou figuras de retórica, como é importante que aprendam a cortar, fazer e consertar suas próprias roupas, ou a preparar o alimento de maneira saudável e apetitosa. Quando a menina está com nove ou dez anos, deve-se-lhe exigir que desempenhe uma parte nas tarefas regulares da casa, na medida de sua capacidade, e que seja responsabilizada pelo modo como realiza sua tarefa. Sábio era aquele pai que, ao ser-lhe perguntado que pensava fazer com suas filhas, respondeu: "Pretendo torná-las aprendizes de sua excelente mãe, para que aprendam a arte de aproveitar o tempo, e para que sejam capacitadas a se tornarem esposas e mães, chefes de família e membros úteis da sociedade." FEC 74 4 Lavar roupa sobre a antiquada esfregadeira, varrer, tirar o pó, e uma variedade de outros deveres na cozinha e no jardim, serão valioso exercício para as jovens. Semelhante trabalho útil ocupará o lugar do croquet, do arco, da dança e de outras diversões que não beneficiam a pessoa alguma. FEC 75 1 Muitas senhoras consideradas bem-educadas, diplomadas com distinção em alguma instituição de ensino, são vergonhosamente ignorantes dos deveres práticos da vida. São destituídas das qualificações necessárias para a devida regulamentação da família e por isso mesmo essencial a sua felicidade. Podem falar da elevada posição da mulher e seus direitos, mas elas mesmas ficam longe de alcançar a verdadeira posição da mulher. É direito de toda filha de Eva ter conhecimento completo dos deveres domésticos, receber educação em cada departamento do trabalho caseiro. Toda jovem deve ser educada de tal maneira que, se chamada a ocupar a posição de esposa e mãe, possa governar como uma rainha em seu próprio domínio. Deve ela ser plenamente capaz de guiar e instruir os filhos, dirigir as empregadas e, se necessário, ministrar com as próprias mãos às necessidades do lar. É seu direito compreender o mecanismo do corpo humano e os princípios de higiene, os assuntos relacionados com o regime alimentar e o vestuário, trabalho e recreação, e outros pormenores sem conta que intimamente dizem respeito ao bem-estar de sua casa. É seu direito obter tal conhecimento dos melhores métodos de tratar as enfermidades para que possa cuidar dos filhos quando enfermos, em vez de deixar seus preciosos tesouros nas mãos de enfermeiras e médicos estranhos. FEC 75 2 A idéia de que a ignorância de ocupação útil é uma característica essencial do verdadeiro cavalheiro ou dama, é contrária ao desígnio de Deus na criação do homem. A indolência é um pecado, e a ignorância de deveres comuns, o resultado de estultícia que no decurso da vida dará ampla ocasião para amargo arrependimento. FEC 75 3 Os que fazem de servir e honrar a Deus sua regra de vida, darão atenção ao preceito do apóstolo: "Quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." Tais estudantes preservarão a integridade diante da tentação, e sairão da escola com intelecto bem desenvolvido e com saúde de corpo e de alma. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882. ------------------------Capítulo 8 -- A integridade de Daniel sob a prova FEC 77 1 O profeta Daniel foi um personagem ilustre. Constituiu um brilhante exemplo do que os homens podem tornar-se quando unidos com o Deus de sabedoria. Um breve relato da vida deste santo homem de Deus ficou registrado para animação dos que mais tarde seriam chamados a suportar provas e tentações. FEC 77 2 Quando o povo de Israel, seu rei, seus nobres e sacerdotes foram levados em cativeiro, quatro dentre eles foram escolhidos para servir na corte do rei de Babilônia. Um destes era Daniel, o qual, muito cedo, deu mostras da notável habilidade desenvolvida em anos posteriores. Estes moços eram todos de nascimento principesco, e são descritos como "jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, e versados no conhecimento". Notando os talentos superiores destes jovens cativos, o rei Nabucodonosor determinou prepará-los para ocuparem importantes posições em seu reino. A fim de que pudessem tornar-se perfeitamente qualificados para sua vida na corte, de acordo com o costume oriental, eles deviam aprender a língua dos caldeus e submeter-se, durante três anos, a um curso completo de disciplina física e intelectual. FEC 77 3 Os jovens nessa escola de preparo não só eram admitidos no palácio real, mas também se tomavam providências para que comessem da comida e bebessem do vinho que vinha da mesa do rei. Em tudo isto o rei considerava que não estava somente conferindo a eles grande honra, mas assegurando-lhes o melhor desenvolvimento físico e mental que poderia ser atingido. FEC 77 4 Entre as iguarias colocadas diante do rei havia carne de porco e de outros animais que haviam sido declarados imundos pela lei de Moisés, e que os hebreus tinham sido expressamente proibidos de comer. Neste ponto Daniel deparou com uma severa prova. Aderiria aos ensinos de seus pais concernentes a comidas e bebidas, e ofenderia o rei, perdendo, provavelmente, não só sua posição, mas também a própria vida? ou desatenderia o mandamento do Senhor e reteria o favor do rei, assegurando assim grandes vantagens intelectuais e as mais lisonjeiras perspectivas mundanas? FEC 78 1 Daniel não hesitou por muito tempo. Decidiu permanecer firme em sua integridade, fosse qual fosse o resultado. Assentou no seu coração "não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia". FEC 78 2 Hoje há entre os professos cristãos muitos que haveriam de julgar que Daniel era demasiado escrupuloso, e o sentenciariam como mesquinho e fanático. Eles consideram a questão do comer e beber como de muito pequena importância para exigir tão decidida resistência -- tal que poderia envolver o sacrifício de todas as vantagens terrenas. Mas os que assim raciocinam, notarão no dia do juízo que se desviaram das expressas reivindicações de Deus e se apoiaram em sua própria opinião como norma para o que é certo e para o que é errado. Descobrirão que aquilo que lhes parecera sem importância não fora assim considerado por Deus. Suas reivindicações deveriam ter sido sagradamente obedecidas. Os que aceitam e obedecem a um de Seus preceitos porque lhes convém, ao passo que rejeitam a outro porque sua observância haveria de requerer sacrifício, rebaixam a norma do direito e, por seu exemplo, levam outros a considerarem levianamente a santa lei de Deus. "Assim diz o Senhor", deve ser nossa regra em todas as coisas. FEC 78 3 Daniel foi submetido às mais severas tentações que podem assaltar os jovens de hoje; contudo, manteve-se leal para com a instrução religiosa recebida na infância. Ele estava cercado por influências que subverteriam os que vacilassem entre o princípio e a inclinação; todavia, a Palavra de Deus o apresenta como um caráter irrepreensível. Daniel não ousava confiar em seu próprio poder moral. A oração era para ele uma necessidade. Fazia de Deus a sua força, e o temor do Senhor estava continuamente diante dele em todos os acontecimentos de sua vida. FEC 78 4 Daniel possuía a graça da genuína mansidão. Era verdadeiro, firme e nobre. Procurava viver em paz com todos, sendo ao mesmo tempo inflexível como o cedro altaneiro, no que quer que envolvesse princípio. Em tudo que não entrasse em colisão com sua fidelidade a Deus, era respeitoso e obediente para com aqueles que sobre ele tinham autoridade; possuía, porém, tão elevado conceito das exigências de Deus que as de governadores terrenos se lhes subordinavam. Ele não seria induzido por nenhuma consideração egoísta a desviar-se de seu dever. FEC 79 1 O caráter de Daniel é apresentado ao mundo como um admirável exemplo do que a graça de Deus pode fazer de homens caídos por natureza e corrompidos pelo pecado. O registro de sua vida nobre, abnegada, é uma animação para a humanidade em geral. Dela podemos reunir força para resistir nobremente à tentação e, firmemente e na graça da mansidão, suster-nos pelo direito sob a mais severa provação. FEC 79 2 Daniel poderia haver encontrado uma desculpa plausível para desviar-se de seus estritos hábitos de temperança; mas a aprovação de Deus era para ele mais cara do que o favor do mais poderoso potentado terreno -- mais cara mesmo do que a própria vida. Havendo, por sua conduta cortês, obtido o favor de Melzar -- o oficial que tinha a seu cargo os jovens hebreus -- Daniel pediu que lhes concedesse não precisarem comer as iguarias da mesa do rei, nem beber de seu vinho. Melzar temia que, condescendendo com este pedido, poderia incorrer no desagrado do rei, e assim pôr em perigo sua própria vida. Semelhante a muitos presentemente, ele pensava que um regime moderado faria que esses jovens ficassem pálidos e de aparência doentia, e deficientes na força muscular, ao passo que o abundante alimento da mesa do rei os tornaria corados e belos, e promoveria a atividade física e mental. FEC 79 3 Daniel pediu que a questão se decidisse por uma prova de dez dias, sendo permitido aos jovens hebreus, durante esse breve período, comer um alimento simples, enquanto seus companheiros participavam das guloseimas do rei. A petição foi, finalmente, deferida e, então, Daniel sentiu-se seguro de que havia ganho sua causa. FEC 80 1 Conquanto jovem, havia visto os danosos efeitos do vinho e de um viver luxuoso sobre a saúde física e mental. FEC 80 2 Ao fim dos dez dias achou-se que o resultado era exatamente o contrário das expectativas de Melzar. Não somente na aparência pessoal, mas em atividade física e vigor mental, os que haviam sido temperantes em seus hábitos exibiram uma notável superioridade sobre seus companheiros que condescenderam com o apetite. Como resultado dessa prova, a Daniel e seus companheiros foi permitido continuarem seu regime simples durante todo o curso de seu preparo para os deveres do reino. FEC 80 3 O Senhor recompensou com aprovação a firmeza e renúncia desses jovens hebreus, e Sua bênção os acompanhou. Ele lhes "deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos". Ao expirarem os três anos de preparo, quando sua habilidade e seus conhecimentos foram examinados pelo rei, "entre todos não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso passaram a assistir diante do rei. Em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino". FEC 80 4 A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do que constitui um caráter santificado. Apresenta uma lição para todos e especialmente para os jovens. A estrita submissão aos reclamos de Deus é benéfica à saúde do corpo e da alma. A fim de atingir a mais elevada norma de aquisições morais e intelectuais, é necessário buscar sabedoria e força de Deus e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros, temos um exemplo da vitória do princípio sobre a tentação para condescender com o apetite. Ela mostra que, por meio do princípio religioso, os jovens podem triunfar sobre as concupiscências da carne, e permanecer leais aos reclamos de Deus, embora lhes custe grande sacrifício. FEC 80 5 Que seria de Daniel e seus companheiros se houvessem transigido com aqueles oficiais pagãos e cedido à pressão das circunstâncias, comendo e bebendo como era costume entre os babilônios? Esse único exemplo de desvio dos princípios teria debilitado sua consciência do dever e da aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria envolvido o sacrifício do vigor físico, a clareza do intelecto e o poder espiritual. Um passo errado teria, provavelmente, levado a outros, até que, interrompendo sua conexão com o Céu, teriam sido arrastados pela tentação. FEC 81 1 Disse Deus: "Aos que Me honram honrarei." Enquanto Daniel se apegava a Deus com firme confiança, o Espírito de poder profético vinha sobre ele. Enquanto era instruído pelos homens nos deveres da vida na corte, era por Deus ensinado a ler os mistérios dos séculos futuros e a apresentar às gerações vindouras, por meio de figuras e símbolos, as coisas maravilhosas que se dariam nos últimos dias. -- The Signs of the Times, 28 de Setembro de 1882. ------------------------Capítulo 9 -- A importância da educação FEC 82 1 O verdadeiro objetivo da educação deve ser considerado cuidadosamente. Deus confiou a cada um capacidades e faculdades, para que Lhe sejam restituídas com acréscimo e valorização. Todos os Seus dons são outorgados a nós para serem usados ao máximo. Ele requer que todos nós cultivemos nossas faculdades e atinjamos a mais alta capacidade possível para ser úteis, a fim de que realizemos um nobre trabalho para Deus e sejamos uma bênção para a humanidade. Todo talento que possuímos, quer seja capacidade mental, dinheiro ou influência, pertence a Deus, de modo que podemos dizer com Davi: "Tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos." FEC 82 2 Querida mocidade, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada um de vós, estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas. Aspirai à altura, e não vos poupeis trabalhos para alcançá-la. FEC 82 3 O temor do Senhor está à base de toda verdadeira grandeza. A integridade, a inabalável integridade, é o princípio que precisais levar convosco em todas as relações da vida. Levai convosco a religião em vossa vida escolar, em vossa pensão, em todas as vossas atividades. A importante questão convosco é agora como escolher e aperfeiçoar vossos estudos de maneira a conservar a solidez e pureza de imaculado caráter cristão, mantendo todas as exigências e interesses temporais em sujeição aos reclamos mais elevados do evangelho de Cristo. Deveis agora construir com o material que vos seja possível fornecer, para vos relacionardes com a sociedade e com a vida de maneira tal que possais atender ao desígnio de Deus em vossa criação. Como discípulos de Cristo, não sois impedidos de empenhar-vos em atividades temporais; mas deveis levar convosco a religião. Seja qual for a atividade a que vos possais habilitar, nunca alimenteis a idéia de que nela não podeis alcançar êxito sem sacrificar princípios. FEC 83 1 Amparados pelos princípios religiosos, podeis atingir qualquer altura que desejardes. Alegrar-nos-ia ver-vos elevando-vos à nobre altura que Deus quer que alcanceis. Jesus ama a preciosa mocidade; e não Lhe agrada vê-la crescer com talentos não cultivados e não desenvolvidos. Podem tornar-se homens fortes de firmes princípios, aptos para lhes serem confiadas elevadas responsabilidades, e para esse fim podem licitamente forçar todos os nervos. FEC 83 2 Nunca, porém, cometais o tão grande crime de perverter as faculdades por Deus conferidas, para praticar o mal e destruir a outros. Há homens dotados que empregam sua habilidade para disseminar a ruína moral e a corrupção; mas todos esses estão lançando sementes que produzirão uma colheita que não se sentirão orgulhosos de ceifar. Terrível coisa é usar as habilidades por Deus concedidas, de maneira a espalhar na sociedade danos e mágoas em vez de bênçãos. Coisa triste é, também, embrulhar num lenço o talento que nos é confiado e escondê-lo no mundo; pois isso é lançar fora a coroa da vida. Deus requer nosso serviço. Há responsabilidades para cada qual; e só podemos cumprir a grande missão da vida quando essas responsabilidades forem amplamente aceitas, e fiel e conscienciosamente desempenhadas. FEC 83 3 Diz o sábio: "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade." Mas não julgueis, por um momento sequer, que a religião vos tornará tristes e sombrios, e vedar-vos-á o caminho para o êxito. A religião de Cristo não apaga nem mesmo enfraquece uma única faculdade. De maneira alguma vos incapacita para o gozo de qualquer verdadeira felicidade; não se destina a diminuir vosso interesse na vida, ou a tornar-vos indiferentes aos reclamos de amigos e da sociedade. Não reveste a vida de saco; não se expressa em profundos suspiros e gemidos. Não, não; os que em todas as coisas consideram a Deus o primeiro, o último e o melhor, são as pessoas mais felizes do mundo. Os sorrisos e o brilho do Sol não lhes desaparecem do semblante. A religião não torna quem a pratica grosseiro nem áspero, desasseado ou descortês; ao contrário, eleva-o e enobrece-o, refina-lhe o gosto, santifica-lhe o juízo, e habilita-o para a sociedade dos anjos celestiais e para o lar que Jesus foi preparar. FEC 84 1 Nunca percamos de vista que Jesus é a fonte de alegria. Ele não Se deleita no infortúnio dos seres humanos, mas apraz-Lhe vê-los felizes. Os cristãos têm ao seu dispor muitas fontes de felicidade, e podem dizer com infalível certeza quais são os prazeres lícitos e corretos. Podem gozar de recreações que não dissipem a mente ou aviltem a alma, que não iludam nem deixem após si triste influência que destrua o respeito próprio ou impeça o caminho da utilidade. Caso possam levar consigo a Jesus e manter-se em espírito de oração, estão perfeitamente salvaguardados. FEC 84 2 O salmista declara: "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Como poder educador, a Bíblia não tem rival. Nenhuma obra científica é tão apropriada para desenvolver a mente, como a contemplação das grandiosas e essenciais verdades e lições práticas da Bíblia. Jamais foi impresso outro livro tão útil para outorgar poder mental. Se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, os homens de maior intelecto se tornam confusos; não podem compreender o Criador ou Suas obras. Aplicai, porém, a mente para entender e avaliar a verdade eterna, incitai-lhe o esforço cavando em busca das jóias da verdade na copiosa mina da Palavra de Deus, e nunca ficará tolhida e debilitada, como quando é deixada a demorar-se em assuntos comuns. FEC 84 3 A Bíblia é a história mais instrutiva e abarcante que já foi dada ao mundo. Suas páginas sagradas contêm o único relato autêntico da criação. Contemplamos aqui o poder que "estendeu os céus e lançou os fundamentos da Terra". Temos aqui uma história verdadeira da raça humana, que não foi deturpada pelo preconceito ou orgulho humano. FEC 85 1 Encontramos na Palavra de Deus assunto para a mais profunda reflexão; suas verdades suscitam a mais alta aspiração. Aqui nós mantemos comunhão com patriarcas e profetas, e ouvimos a voz do Eterno ao falar Ele com os homens. Aqui nós vemos o que os anjos contemplam com admiração -- o Filho de Deus, como Se humilhou a Si mesmo para tornar-Se nosso substituto e penhor, para lutar sozinho com os poderes das trevas e para alcançar a vitória em nosso favor. FEC 85 2 Nossos jovens têm a preciosa Bíblia; e se todos os seus planos e propósitos forem provados pelas Escrituras Sagradas, serão conduzidos a veredas seguras. Aqui podemos aprender o que Deus espera dos seres formados à Sua imagem. Aqui podemos aprender como melhorar a vida presente, e como assegurar a vida futura. Nenhum outro livro pode satisfazer as interrogações da mente e os anseios do coração. Dando atenção aos ensinos da Palavra de Deus, os homens podem erguer-se das ínfimas profundezas da ignorância e degradação para tornarem-se filhos de Deus, companheiros de anjos sem pecado. FEC 85 3 Quanto mais a mente se demora nestes assuntos, tanto mais se discernirá que os mesmos princípios regem as coisas naturais e espirituais. Há harmonia entre a Natureza e o cristianismo; pois ambos têm o mesmo Autor. O livro da Natureza e o livro da Revelação indicam a atuação da mesma mente divina. Há lições a serem aprendidas na Natureza; e há lições -- lições profundas, sérias e deveras importantes -- a serem aprendidas do Livro de Deus. FEC 85 4 Jovens amigos, o temor do Senhor jaz à própria base de todo progresso; é ele o princípio da sabedoria. Vosso Pai celestial tem direitos sobre vós; pois sem solicitação ou mérito de vossa parte Ele vos cumulou com as munificências de Sua providência; e, mais que isso, deu-vos todo o Céu em um dom -- o de Seu amado Filho. Em retribuição a esse infinito dom, Ele requer de vós obediência voluntária. Visto que sois comprados por preço, sendo esse o precioso sangue do Filho de Deus, Ele requer que façais uso correto dos privilégios que desfrutais. Vossas faculdades intelectuais e morais são dons divinos, talentos a vós confiados para sábio desenvolvimento, e não tendes a liberdade de deixá-los improdutivos por falta do devido cultivo, ou serem danificados ou apoucados pela inação. Compete-vos determinar se as pesadas responsabilidades que sobre vós repousam serão fielmente atendidas ou não, se vossos esforços serão ou não bem dirigidos, e da melhor maneira que puderdes. FEC 86 1 Vivemos entre os perigos dos últimos dias. Todo o Céu se interessa no caráter que estais formando. Toda providência foi tomada em vosso favor, a fim de serdes participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. O homem não é deixado só para vencer os poderes do mal, por meio de seus fracos esforços. O auxílio acha-se ao seu alcance, e será concedido a toda alma que realmente o desejar. Anjos de Deus, que sobem e descem a escada que Jacó contemplou em visão, auxiliarão toda alma que aspira galgar até mesmo ao altíssimo Céu. Eles estão guardando o povo de Deus, e vigiando cada passo dado. Os que galgarem o caminho iluminado serão recompensados; entrarão no gozo de seu Senhor. A importância da educação FEC 86 2 Para Daniel, o temor do Senhor era o princípio da sabedoria. Ele foi colocado numa posição em que a tentação era forte. Nas cortes reais havia dissipação em toda a parte; condescendência egoísta, satisfação do apetite, intemperança e glutonaria constituíam a ordem de cada dia. Daniel poderia participar das práticas debilitantes e corrompedoras dos cortesãos, ou resistir à influência degradante. Ele preferiu esta última linha de conduta. Assentou em seu coração não corromper-se com as condescendências pecaminosas com que era posto em contato, quaisquer que fossem as conseqüências. Nem mesmo se contaminaria com as iguarias da mesa do rei, ou com o vinho que ele bebia. O Senhor Se agradou do procedimento adotado por Daniel. Ele era muito amado e honrado pelo Céu; e o Deus da sabedoria deu-lhe conhecimento da cultura dos caldeus e inteligência de todas as visões e sonhos. FEC 87 1 Se os estudantes que freqüentam nossos colégios fossem firmes e mantivessem a integridade, se não se associassem aos que andam nas sendas do pecado, nem fossem seduzidos por sua companhia, desfrutariam, como Daniel, o favor de Deus. Se rejeitassem as diversões inúteis e a condescendência com o apetite, teriam a mente clara para a busca do conhecimento. Adquiririam assim uma força moral que os habilitaria a permanecer inabaláveis quando assaltados pela tentação. É uma luta contínua manter-se sempre alerta para resistir ao mal; mas compensa alcançar uma vitória após a outra sobre o próprio eu e os poderes das trevas. E se os jovens são experimentados e provados como Daniel, que honra podem trazer para Deus por sua firme adesão ao que é direito! FEC 87 2 Um caráter puro é tão precioso como o ouro de Ofir. Sem pura, imaculada integridade, ninguém poderá jamais elevar-se a uma posição honrosa. Nobres aspirações e o amor à justiça não são, porém, hereditários. O caráter não pode ser comprado; tem de ser formado por diligentes esforços para resistir à tentação. A formação de um caráter íntegro é obra da vida inteira, e é o resultado de meditar com oração e em ligação com um grande propósito. A excelência do caráter que possuís tem que ser o resultado de vosso próprio esforço. Os amigos vos podem animar, mas não podem fazer a obra em vosso lugar. Desejar, suspirar e sonhar, jamais farão com que sejais grandes ou bons. Tendes que subir. Cingi o vosso entendimento e lançai-vos ao trabalho com todas as fortes energias de vossa vontade. É o sábio aproveitamento de vossas oportunidades, o cultivo dos talentos que vos foram dados por Deus, que vos tornará homens e mulheres que possam ser aprovados pelo Senhor e uma bênção para a sociedade. Tende uma norma elevada, e com indomável energia tirai o máximo proveito de vossos talentos e oportunidades, e avançai para o alvo. FEC 88 1 Será que nossos jovens considerarão que têm batalhas a travar? Satanás e suas hostes estão arregimentados contra eles, e não possuem a experiência obtida pelas pessoas de idade madura. FEC 88 2 Satanás tem intenso ódio contra Cristo e a aquisição de Seu sangue, e trabalha com todo engano de injustiça. Ele procura por todos os artifícios alistar os jovens sob o seu estandarte; e usa-os como seus agentes para insinuar dúvidas sobre a Bíblia. Quando é lançada uma semente de dúvida, Satanás a alimenta até produzir uma abundante colheita. Se consegue abalar a fé de um único jovem em relação à Escritura, tal indivíduo não cessará de trabalhar enquanto outras mentes não forem imbuídas do mesmo ceticismo. FEC 88 3 Os que acalentam dúvidas se vangloriam de sua independência mental; mas estão bem longe de possuir genuína independência. Têm a mente repleta de temor servil, com receio de serem ridicularizados por alguém tão fraco e superficial como eles mesmos. Isso é debilidade, e servirão sob o pior dos tiranos. Verdadeira liberdade e independência são encontradas no serviço de Deus. Este serviço não imporá sobre vós nenhuma restrição que não aumente a vossa felicidade. Acedendo aos Seus reclamos, encontrareis tal paz, contentamento e prazer que nunca poderíeis desfrutar na vereda de desenfreada licenciosidade e pecado. Estudai então devidamente a natureza da liberdade que desejais. É ela a liberdade dos filhos de Deus, para serem livres em Cristo Jesus? ou chamais liberdade à condescendência egoísta com paixões baixas? Tal liberdade conduz ao mais penoso remorso; é a escravidão mais cruel. FEC 88 4 Verdadeira independência mental não é obstinação. Ela incentiva os jovens a formar suas próprias opiniões sobre a Palavra de Deus, sem levar em conta o que outros possam dizer ou fazer. Se estiverem em companhia de descrentes, ateus ou incrédulos, ela os incentiva a reconhecer e defender sua crença nas sagradas verdades do evangelho, em oposição às ironias e aos gracejos de seus perversos companheiros. Se estiverem em presença dos que pensam ser uma virtude alardear as faltas de professos cristãos e zombar então da religião, moralidade e virtude, a verdadeira independência mental os incentivará a mostrar de maneira cortês, mas audaz, que o ridículo é um péssimo substituto para o sólido argumento. Ela os habilitará a olhar, além do zombador, para aquele que o influencia, o adversário de Deus e do homem, e a resistir-lhe na pessoa de seu agente. FEC 89 1 Erguei-vos em favor de Jesus, jovens amigos, e no tempo da necessidade Ele Se levantará em vosso favor. "Pelos seus frutos os conhecereis." A mente é controlada por Deus ou por Satanás; e a vida revela isso tão claramente, que ninguém precisa equivocar-se acerca do poder a que prestais obediência. Cada pessoa tem uma influência para o bem ou para o mal. Vossa influência está do lado de Cristo ou do lado de Satanás? Os que se apartam da iniquidade atraem em seu favor o poder da Onipotência. A atmosfera que os rodeia não é da Terra. Pelo silencioso poder de uma vida bem ordenada e de uma conversação piedosa, podem apresentar Jesus ao mundo. Podem refletir a luz do Céu e ganhar almas para Cristo. FEC 89 2 Folgo de que tenhamos instituições em que nossos jovens podem estar separados das influências corruptoras tão comuns nas escolas da atualidade. Nossos irmãos e irmãs devem ser gratos porque, na providência de Deus, foram estabelecidos os nossos colégios, e devem estar dispostos a sustentá-los com seus meios. Toda influência deve contribuir para educar os jovens e elevar a sua moral. Devem eles ser ensinados a ter coragem para resistir à onda de contaminação moral desta era degenerada. Com firme apego ao poder divino, podem eles estar na sociedade para amoldá-la e dar-lhe forma, em vez de serem moldados segundo o modelo mundano. FEC 89 3 Não pode haver obra mais importante do que a devida educação de nossos jovens. Devemos guardá-los, repelindo a Satanás, para que ele não os tire de nossos braços. Quando os jovens vêm para nossos colégios, não devem ser levados a pensar que se encontram entre estranhos que não se importam com sua alma. Deve haver pais e mães em Israel, que estejam vigilantes por essas almas, como quem deve prestar contas por elas. Irmãos e irmãs, não vos conserveis longe dos queridos jovens, como se não tivésseis especial solicitude ou responsabilidade por eles. Vós, que há muito tempo haveis professado ser cristãos, tendes uma obra a fazer, a fim de paciente e bondosamente os levar pelo caminho reto. Deveis mostrar-lhes que os amais, porque são membros mais jovens da família do Senhor, a aquisição de Seu sangue. FEC 90 1 O futuro da sociedade será determinado pela juventude de hoje. Satanás está a fazer esforços ardorosos e persistentes a fim de corromper a mente e aviltar o caráter de todo jovem; e ficaremos nós, que temos mais experiência, como meros espectadores, vendo-o cumprir seu propósito sem qualquer impedimento? Permaneçamos em nosso posto, prontos a todo momento para trabalhar em prol desses jovens e, mediante o auxílio de Deus, arredá-los do abismo da perdição. Na parábola, enquanto os homens dormiam, o inimigo semeou joio; e enquanto vós, meus irmãos e irmãs, vos encontrais inconscientes da obra de Satanás, está ele a reunir sob sua bandeira um exército de jovens; e ele exulta, pois por meio deles prossegue com sua luta contra Deus. FEC 90 2 Os professores de nossas escolas têm pesada responsabilidade a arrostar. Devem ser em suas palavras e caráter o que desejam que seus estudantes se tornem: homens e mulheres que temam a Deus e pratiquem a justiça. Se eles mesmos conhecem o caminho, podem adestrar os jovens a andar nele. Não somente os educarão nas ciências, mas os ensinarão a ter independência moral, a trabalhar por Jesus, e a assumir encargos em Sua causa. FEC 90 3 Professores, que oportunidades são as vossas! Que privilégio está a vosso alcance, de modelardes a mente e o caráter dos jovens sob os vossos cuidados! Que alegria não será para vós encontrá-los em redor do grande trono branco, e saber que fizestes o que pudestes a fim de habilitá-los para a imortalidade! Se vossa obra resistir à prova do grande dia, soará aos vossos ouvidos, qual música a mais suave, a bênção do Mestre: "Muito bem, servo bom e fiel; ... entra no gozo do teu Senhor." FEC 91 1 No grande campo da ceifa há abundância de trabalho para todos, e os que negligenciam fazer o que podem, serão achados em culpa perante Deus. Trabalhemos para o presente e para a eternidade. Trabalhemos em favor dos jovens com todas as forças que Deus nos concedeu, e Ele abençoará nossos esforços bem dirigidos. Nosso Salvador anela salvar os jovens. Ele Se regozijaria, vendo-os em redor de Seu trono, vestidos nos trajes imaculados de Sua justiça. Ele está esperando para lhes colocar sobre a cabeça a coroa da vida, e ouvir-lhes as vozes ditosas unirem-se ao tributarem honra, glória e majestade a Deus e ao Cordeiro, no cântico de vitória que ecoará pelas cortes celestiais. -- The Review and Herald, 19, 26 de Agosto de 1884. ------------------------Capítulo 10 -- O perigo de ler livros de ficção e de autores incrédulos FEC 92 1 Todo cristão, quer seja idoso ou jovem, será assaltado por tentações; e nossa única segurança está em estudar cuidadosamente nosso dever, cumprindo-o então, custe o que custar para nós mesmos. Foi feito tudo para garantir-nos a salvação, e não somente devemos estar dispostos a aprender a vontade de Deus, mas também ansiosos por fazê-la, e realizar todas as coisas para Sua glória. Eis a obra de toda a vida do cristão. Ele não procurará ver até onde pode aventurar-se na senda da indiferença e da descrença, e ser ainda chamado filho de Deus; mas procurará ver quão estritamente consegue imitar a vida e o caráter de Cristo. FEC 92 2 Jovens amigos, o conhecimento da Bíblia ajudar-vos-á a resistir à tentação. Se tendes tido o hábito de ler livros de narrativas fictícias, considerareis se é correto gastardes o vosso tempo com esses livros, que meramente ocupam o tempo e vos divertem, mas não vos proporcionam vigor mental ou moral? Se os estais lendo, e percebeis que eles produzem mórbida avidez por novelas excitantes, se vos levam a ter aversão à Bíblia e a pô-la de lado, se vos envolvem em trevas e afastamento de Deus -- se esta é a influência que eles exercem sobre vós, detende-vos exatamente onde estais. Não prossigais este curso de leitura até que se inflame vossa imaginação e vos torneis incapacitados para o estudo da Bíblia e para os deveres práticos da vida real. FEC 92 3 Obras de ficção de baixo valor não trazem proveito algum. Não transmitem genuíno conhecimento; não inspiram grandes e bons propósitos; não suscitam no coração ardentes desejos de pureza; não produzem na alma fome de justiça. Pelo contrário, tomam o tempo que deveria ser dedicado aos deveres práticos da vida e ao serviço de Deus -- tempo esse que deveria ser dedicado à oração, a visitar os doentes, a cuidar dos necessitados e a educar-se para uma vida útil. Quando começais a ler um livro de narrativas fictícias, quão freqüentemente a imaginação é tão excitada que sois induzidos em pecado! Desobedeceis a vossos pais, e produzis confusão no círculo doméstico pela negligência dos simples deveres que impendem sobre vós. E, pior ainda, é olvidada a oração, e a Bíblia é lida com indiferença ou completamente desprezada. FEC 93 1 Há uma outra espécie de livros que deveis evitar -- as produções de autores incrédulos como Paine e Ingersoll. Elas muitas vezes vos são recomendadas como insulto de que sois covardes e tendes medo de lê-las. Dizei francamente a esses inimigos que vos querem tentar -- pois de fato são inimigos, por mais que professem ser vossos amigos -- que obedecereis a Deus e que tomareis a Bíblia como guia. Dizei-lhes que tendes receio de ler esses livros; que vossa fé na Palavra de Deus é agora demasiado fraca, e que desejais aumentá-la e fortalecê-la, não diminuí-la; e que não quereis colocar-vos em tão íntimo contato com o pai da mentira. FEC 93 2 Admoesto-vos a permanecer firmes e a nunca praticar um mau ato para não ser chamados de covardes. Não permitais que gracejos, ameaças e expressões zombeteiras vos induzam a violar a consciência no mínimo ponto que seja, abrindo assim uma porta através da qual Satanás consiga penetrar na mente e dominá-la. FEC 93 3 Nunca vos deis ao trabalho de abrir a capa de um livro que infunde suspeitas. Há infernal fascinação na literatura de Satanás. Ela é a poderosa bateria com a qual ele destrói a singela fé religiosa. Nunca vos considereis suficientemente fortes para ler livros de autores incrédulos; pois eles contêm um veneno semelhante ao das víboras. Não vos podem fazer bem, e certamente causarão dano. Lendo-os, estareis inalando os miasmas do inferno. Eles serão para vossa alma como uma corrente de água poluída, contaminando a mente, retendo-a nos labirintos do ceticismo e tornando-a terrena e sensual. Tais livros são escritos por homens que Satanás usa como seus instrumentos; e deste modo ele tenciona confundir o espírito, afastar de Deus as afeições e privar o vosso Criador da reverência e gratidão que Suas obras requerem. FEC 94 1 A mente precisa ser educada, e seus desejos controlados e postos em sujeição à vontade de Deus. FEC 94 2 Em vez de ser apoucada e deformada por nutrir-se com o vil refugo provido por Satanás, ela deve receber alimento salutar, que proporcione energia e vigor. FEC 94 3 Jovem cristão, tendes tudo a aprender. Deveis ser atento estudante da Bíblia; deveis examiná-la, comparando uma passagem com outra. Se quereis prestar bom e aceitável serviço para o vosso Mestre, deveis saber o que Ele requer. Sua Palavra é um guia seguro; se for estudada cuidadosamente, não haverá perigo de cair sob o poder das tentações que cercam os jovens e se aglomeram sobre eles. -- The Youth's Instructor, 10 de Setembro de 1884. ------------------------Capítulo 11 -- As escolas dos antigos Hebreus FEC 95 1 As instituições da sociedade humana encontram seus melhores modelos na Palavra de Deus. Para as de ensino, em especial, não há falta de preceito nem de exemplo. Lições de grande proveito, mesmo neste século de progresso educacional, podem ser encontradas na história do antigo povo de Deus. FEC 95 2 O Senhor reservou para Si a educação e a instrução de Israel. Seu cuidado não se restringia aos interesses religiosos deles. Tudo que afetasse seu bem-estar mental ou físico, tornava-se também objeto de solicitude divina e incluía-se na esfera da lei divina. FEC 95 3 Deus ordenou aos hebreus que ensinassem aos filhos Seus reclamos, e que os tornassem familiarizados com todo o Seu trato com Seu povo. O lar e a escola eram uma coisa só. Em vez de lábios estranhos, devia o coração amoroso dos pais e das mães instruir os filhos. Os pensamentos de Deus eram relacionados com todos os acontecimentos da vida diária no lar. As grandes obras de Deus no libertamento de Seu povo eram referidas com eloquência e a mais profunda reverência. Gravavam-se no espírito juvenil as grandes verdades da providência de Deus e da vida futura, familiarizando-o assim com o verdadeiro, o bom e o belo. FEC 95 4 Mediante o uso de figuras e símbolos, as lições dadas eram assim ilustradas e gravadas mais firmemente na memória. Por meio desse conjunto de imagens animadas, era a criança iniciada, quase desde a infância, nos mistérios, na sabedoria e nas esperanças dos pais e guiada num modo de pensar, sentir e prever que alcançava muito além do visível e transitório: até o invisível e eterno. FEC 95 5 Graças a essa educação, surgiram em Israel muitos jovens de corpo e mente vigorosos, prontos para perceber e fortes para agir, de coração preparado como bom terreno para o crescimento da preciosa semente, e de inteligência disciplinada para ver a Deus nas palavras da revelação e nas cenas da Natureza. As estrelas do céu, as árvores e flores do campo, as altas montanhas, os regatos murmurantes -- tudo lhes falava, e as vozes dos profetas, ouvidas através do país, encontravam eco em seu coração. FEC 96 1 Tal foi o preparo de Moisés na humilde cabana que era o seu lar em Gósen; de Samuel, por meio da fiel Ana; de Davi, na sua morada nas colinas de Belém; de Daniel, antes que as cenas do cativeiro o separassem do lar de seus pais. Tal foi, também, o princípio da vida de Cristo no humilde lar de Nazaré; tal o ensino pelo qual o menino Timóteo aprendeu dos lábios de sua mãe Eunice e de sua avó Lóide, as verdades da Sagrada Escritura. FEC 96 2 Mais elementos foram providos para o ensino dos jovens pelo estabelecimento da "escola dos profetas". Se um jovem desejava obter melhor conhecimento das Escrituras, aprofundar-se nos mistérios do reino de Deus e buscar sabedoria do alto, para tornar-se um mestre em Israel, tal escola lhe estava aberta. FEC 96 3 As escolas dos profetas foram fundadas por Samuel para servirem de barreira contra a espalhada corrupção resultante da conduta iníqua dos filhos de Eli, e para promoverem o bem-estar moral e espiritual do povo. Estas escolas foram uma grande bênção para Israel, fomentando aquela justiça que engrandeceu a uma nação, fornecendo-lhe homens aptos para agir, no temor de Deus, como dirigentes e conselheiros. Na realização deste objetivo, Samuel formou grupos de jovens piedosos, inteligentes e estudiosos. Estes eram chamados filhos dos profetas. Os instrutores eram homens não somente versados na verdade divina, mas que haviam por sua vez gozado comunhão com Deus, e recebido a concessão especial de Seu Espírito. Gozavam do respeito e da confiança do povo, tanto pelo saber como pela piedade. FEC 96 4 No tempo de Samuel havia duas destas escolas: uma em Ramá, residência do profeta, e a outra em Quiriate-Jearim, onde a arca então se achava. Duas foram acrescentadas no tempo de Elias, em Jericó e Betel, e outras se estabeleceram mais tarde em Samaria e Gilgal. FEC 97 1 Os alunos destas escolas mantinham-se com o próprio trabalho como lavradores e mecânicos. Em Israel isto não era considerado estranho ou degradante; com efeito, considerava-se um crime permitir que as crianças crescessem na ignorância do trabalho útil. Em obediência à ordem de Deus, a toda criança se ensinava algum ofício, mesmo que devesse ser educada para as funções sagradas. Muitos dos ensinadores religiosos mantinham-se pelo trabalho manual. Mesmo até no tempo de Cristo, não se considerava degradante que Paulo e Áquila ganhassem a subsistência pelo seu ofício de fazer tendas. FEC 97 2 Os principais assuntos de estudo eram a lei de Deus, juntamente com as instruções dadas a Moisés, história sagrada, música sacra e poesia. O grandioso objetivo de todo estudo era aprender a vontade de Deus e os deveres de Seu povo. Nos registros da história sagrada achavam-se traçadas as pegadas de Jeová. Dos acontecimentos do passado extraíam-se lições instrutivas para o futuro. Referiam-se às grandes verdades apresentadas pelos tipos e sombras da lei mosaica, e a fé apreendia o objeto central de todo aquele sistema: o Cordeiro de Deus que deveria tirar os pecados do mundo. FEC 97 3 A língua hebraica era cultivada como o mais sagrado idioma do mundo. Acariciava-se um espírito de devoção. Não somente se ensinava aos estudantes o dever de orar, mas também como orar, como aproximar-se do Criador, como exercer a fé nEle, e como compreender os ensinos de Seu Espírito e obedecer-lhes. Intelectos santificados tiravam do tesouro de Deus coisas novas e velhas. FEC 97 4 A arte da melodia sagrada era diligentemente cultivada. Não se ouviam valsas frívolas ou canções petulantes que elogiassem o homem e desviassem de Deus a atenção; ouviam-se, porém, sagrados e solenes salmos de louvor ao Criador, que engrandeciam Seu nome e relatavam Suas obras maravilhosas. Deste modo, fazia-se com que a música servisse a um santo propósito: erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e elevador, e despertar na alma devoção e gratidão para com Deus. FEC 98 1 Quão grande é a diferença entre as escolas dos tempos antigos, sob a supervisão do próprio Deus, e nossas modernas instituições de ensino! Até nas escolas de Teologia formam-se muitos alunos com menos conhecimento real de Deus e da verdade religiosa que quando ali ingressaram. Poucas escolas se encontram que não sejam governadas pelas máximas e costumes do mundo. Há bem poucas em que o amor dos pais cristãos pelos filhos não se depare com amarga decepção. FEC 98 2 Em que consiste a superior excelência de nossos sistemas de educação? Na literatura clássica com que se abarrotam os nossos filhos? Nas consecuções ornamentais, alcançadas por nossas filhas à custa da saúde ou do vigor mental? No fato de o ensino moderno estar tão geralmente separado da Palavra da verdade, o evangelho de nossa salvação? Consiste a suprema excelência da educação popular em tratar os ramos individuais de estudo sem levar em conta aquela investigação mais profunda que abrange o esquadrinhamento das Escrituras e o conhecimento de Deus e da vida futura? Consiste em imbuir a mente dos jovens de concepções pagãs acerca da liberdade, moralidade e justiça? É seguro colocar nossos jovens sob a direção desses condutores cegos que estudam os oráculos sagrados com muito menos interesse que o que manifestam nos autores clássicos da Grécia e Roma antigas? FEC 98 3 "A educação -- comenta um escritor -- está-se convertendo num sistema de sedução." Há uma deplorável falta de adequada restrição e judiciosa disciplina. Os sentimentos mais amargos, as paixões mais incontroláveis são excitados pela atitude de professores imprudentes e ímpios. A mente dos jovens é excitada com facilidade, e sorve a insubordinação como água. FEC 98 4 A ignorância da Palavra de Deus, entre as pessoas declaradamente cristãs, é alarmante. Os jovens em nossas escolas públicas têm sido privados das bênçãos das coisas sagradas. Conversas superficiais, mero sentimentalismo, passam por instrução moral e religiosa; carecem no entanto das características vitais da verdadeira piedade. A justiça e a misericórdia de Deus, a beleza da santidade, e a segura recompensa da conduta correta, o hediondo caráter do pecado e a certeza do castigo, não são gravados na mente dos jovens. FEC 99 1 O cepticismo e a incredulidade, sob agradável disfarce ou como velada insinuação, encontram amiúde lugar nos livros escolares. Em alguns casos, os princípios mais perniciosos têm sido inculcados pelos professores. Maus companheiros estão ensinando aos jovens lições de crime, dissipação e licenciosidade, cuja contemplação causa horror. Muitas de nossas escolas públicas são focos do vício. FEC 99 2 Como nossos jovens podem ser protegidos contra essas influências contaminadoras? Deve haver escolas estabelecidas sobre os princípios da Palavra de Deus e governadas por seus preceitos. Deve haver outro espírito em nossas escolas, para animar e santificar cada ramo de educação. Deve-se buscar fervorosamente a cooperação divina. E não buscaremos em vão. Pertencem-nos as promessas da Palavra de Deus. Podemos esperar a presença do Mestre celestial. Podemos ver o Espírito do Senhor derramado como nas escolas dos profetas, e cada coisa participar de uma consagração divina. A ciência será então, como foi para Daniel, a serva da religião; e todo esforço, do primeiro ao último, contribuirá para a salvação do homem -- alma, corpo e espírito -- e para a glória de Deus por meio de Cristo. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1885. ------------------------Capítulo 12 -- Namoro e casamento FEC 100 1 Nestes dias de perigo e corrupção, os jovens acham-se expostos a muitas provas e tentações. Muitos estão a navegar num porto perigoso. Precisam de um piloto; mas desdenham receber o muito necessitado auxílio, julgando que são competentes para dirigir seu próprio barco, e não reconhecendo que ele está prestes a dar num recife oculto, o qual lhes poderá causar o naufrágio da fé e da felicidade. Estão envaidecidos com o assunto do namoro e do casamento, e sua principal preocupação é conseguirem o seu próprio desejo. Neste período, que é o mais importante de sua vida, precisam de um conselheiro infalível, um guia seguro. Isto encontrarão na Palavra de Deus. A menos que sejam diligentes estudantes dessa Palavra, cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a felicidade e a felicidade de outros, tanto para a vida presente como para a futura. FEC 100 2 Muitos têm a disposição de ser impetuosos e obstinados. Não levaram a sério o sábio conselho da Palavra de Deus; não batalharam contra o próprio eu nem obtiveram preciosas vitórias; e sua vontade orgulhosa e inflexível os desviou do caminho do dever e da obediência. Olhai para vossa vida passada, jovens amigos, e considerai fielmente vosso procedimento à luz da Palavra de Deus. Tendes abrigado essa conscienciosa consideração pelas vossas obrigações para com vossos pais, que a Bíblia ordena? Tendes tratado com bondade e amor a mãe que desde a infância tem cuidado de vós? Tendes tido consideração para com os seus desejos, ou ocasionado dores e tristezas ao seu coração, executando vossos desejos e planos? A verdade que professais santificou o vosso coração, e abrandou e subjugou vossa vontade? Se assim não foi, tendes minucioso trabalho a fazer para endireitar os erros do passado. FEC 100 3 A Bíblia apresenta uma perfeita norma de caráter. Esse Livro sagrado, inspirado por Deus e escrito por homens santos, é um guia perfeito sob todas as circunstâncias da vida. Apresenta distintamente os deveres tanto de jovens como de velhos. Adotada como o guia da vida, seus ensinos dirigirão a alma para cima. Eleva o espírito, melhora o caráter e dá paz e alegria ao coração. Mas muitos jovens há que preferem ser os conselheiros e guias de si mesmos, e tomaram em suas próprias mãos o seu caso. Esses precisam estudar mais de perto os ensinos da Bíblia. Em suas páginas acharão revelado o seu dever para com os pais e seus irmãos na fé. Diz o quinto mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." E lemos noutra parte: "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo." Um dos sinais de estarmos vivendo nos últimos dias é o fato de serem os filhos desobedientes aos pais, ingratos, profanos. A Palavra de Deus é abundante em preceitos e conselhos que mandam respeitar os pais. Impõe aos jovens o sagrado dever de amar e ajudar os que os guiaram através da infância, da meninice e da juventude, até à varonilidade e feminilidade, e que se acham agora em grande parte dependentes deles, quanto à paz e felicidade. A Bíblia não dá sonido incerto quanto a esse assunto; contudo, seus ensinos têm sido muito desrespeitados. FEC 101 1 Os jovens têm muitas lições a aprender, e a mais importante é aprenderem a conhecer-se a si mesmos. Devem ter idéias corretas acerca de suas obrigações e deveres para com os pais, e estarem constantemente a aprender, na escola de Cristo, a ser mansos e humildes de coração. Ao mesmo tempo que devem amar e honrar os pais, cumpre-lhes também respeitar o juízo dos homens de experiência com os quais se acham ligados na igreja. O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstram-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que há de ser fiel nas obrigações do casamento. FEC 102 1 Faz-se a pergunta: "Com que purificará o mancebo o seu caminho?" e é dada a resposta: "Observando-o conforme a Tua Palavra." O jovem que fizer da Bíblia o seu guia, não precisa errar o caminho do dever e da segurança. Esse Livro bendito o ensinará a preservar sua integridade de caráter, a ser verdadeiro e não praticar nenhum engano. "Não furtarás", foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno do seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade e requer o reto procedimento sob todas as circunstâncias. Aquele que faz da Bíblia o guia de sua juventude, a luz do seu caminho, obedecerá em todas as coisas aos seus ensinos. Não transgredirá nem um jota ou um til da lei para conseguir qualquer objetivo, mesmo quando tenha que fazer grandes sacrifícios em conseqüência disso. Se crê na Bíblia, sabe que as bênçãos divinas não repousarão sobre ele, se se desviar da estreita vereda da retidão. Embora pareça por algum tempo que está prosperando, há de, por certo, colher o fruto de suas ações. FEC 102 2 A maldição de Deus repousa sobre muitas das inoportunas e inapropriadas amizades que se formam nesta época atual. Se a Bíblia deixasse estas questões a uma luz vaga e imprecisa, então seria mais escusável o procedimento que muitos jovens de hoje estão seguindo em suas relações. Mas o reclamos bíblicos não são ordens incompletas; requerem perfeita pureza de pensamento, palavras e atos. Somos gratos a Deus porque Sua Palavra é uma luz para nossos pés, e porque ninguém precisa errar o caminho do dever. Os jovens devem constituir seu dever consultar suas páginas e atender a seus conselhos; pois tristes erros são sempre cometidos ao desviar-se de seus preceitos. FEC 103 1 Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como um conselheiro, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida. Mas a idéia predominante é a de que nesta questão os sentimentos é que devem ser o guia; e, em muitíssimos casos, o apaixonado sentimentalismo toma as rédeas e leva à ruína certa. É aqui que os jovens mostram menos inteligência do que em qualquer outro assunto; é aqui que se recusam a ouvir razões. A questão do casamento parece ter sobre eles um poder enfeitiçante. Não se submetem a Deus. Seus sentidos são presos em cadeias e seguem seu caminho com certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém. FEC 103 2 O modo secreto pelo qual se fazem os namoros e casamentos é causa de grande quantidade de miséria, da qual só Deus conhece a completa extensão. Nesse recife milhares sofreram o naufrágio da alma. Cristãos professos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem prudentes quanto a qualquer outro assunto, neste cometem terríveis erros. Manifestam uma vontade firme, resoluta, a qual a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não têm desejo de investigar a Bíblia e entrar em comunhão íntima com Deus. Satanás sabe exatamente com que elementos tem de tratar, e emprega sua infernal sabedoria em vários estratagemas, a fim de enlaçar almas para a ruína. Observa cada passo que se dê, e faz muitas sugestões, e muitas vezes estas sugestões são seguidas de preferência ao conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e incautos. Pode achar-se muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas trespassam-se a si mesmos com muitas dores. Em resultado, vemos por toda parte naufrágios de pessoas. FEC 104 1 Quando serão prudentes os nossos jovens? Por quanto tempo ainda continuará este estado de coisas? Deverão os filhos consultar tão-somente seus próprios desejos e inclinações, independentemente do conselho e juízo dos pais? Alguns há que parecem nunca dar um pensamento aos desejos ou preferências dos pais, nem tomar em consideração o seu maduro juízo. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração para a afeição filial. O espírito dos jovens precisa ser despertado quanto a este assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é considerado levianamente, e mesmo positivamente desprezado pelas exigências do que ama. A desconsideração para com o amor de uma mãe, e desonra da solicitude de um pai, são pecados que se encontram registrados contra muitos jovens. FEC 104 2 Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultai a Deus e a vossos pais tementes a Deus, jovens amigos. Orai sobre o assunto. Pesai cada sentimento e observai todo desenvolvimento de caráter na pessoa a quem pretendeis ligar o destino de vossa vida. O passo que ides dar é um dos mais importantes de vossa vida, e não deve ser dado precipitadamente. Conquanto possais amar, não ameis cegamente. FEC 104 3 Estudai cuidadosamente para ver se vossa vida matrimonial há de ser feliz, ou desarmoniosa e infeliz. Fazei surgir as perguntas: Ajudar-me-á esta união na escalada para o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E aumentará minha esfera de utilidade nesta vida? Se estas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossegui, no temor de Deus. Mas mesmo se assumistes compromisso, sem conhecerdes plenamente o caráter da pessoa com quem vos pretendeis unir, não penseis que o compromisso torne uma positiva necessidade fazerdes o voto de casamento, e vos ligardes por toda a vida a uma pessoa que não podeis amar nem respeitar. Sede muito cuidadosos em como fazeis compromissos condicionais; mas melhor, muito melhor, é quebrardes o compromisso antes do casamento do que vos separardes depois, como muitos fazem. FEC 105 1 O verdadeiro amor é uma planta que precisa ser cultivada. Que a mulher que deseje uma união pacífica e feliz, e queira escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente uma mãe? Qual é a qualidade do caráter dela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? Tem consideração para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, imperioso e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá. FEC 105 2 A mocidade confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um estratagema de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que haver do que o Senhor. Se há coisa em que seja preciso o bom senso comum, é esta; mas o fato é que ele pouco se emprega neste assunto. FEC 105 3 Se os filhos tivessem mais familiaridade com os pais, se neles confiassem e lhes desabafassem as alegrias e tristezas, poupar-se-iam muita mágoa futura. Quando se acham perplexos, sem saber qual o procedimento correto, exponham aos pais a questão, tal qual a consideram sob o seu ponto de vista, e peçam-lhes conselho. Quem seria tão capaz como os pais tementes a Deus, de lhes apontar os perigos? Quem tão bem como eles compreenderá seu temperamento particular? Os filhos que forem cristãos avaliarão acima de toda bênção terrena o amor e a aprovação dos pais tementes a Deus. Os pais podem sentir com os filhos, e orar por eles e com eles, para que Deus os proteja e guie. Acima de tudo o mais, apontar-lhes-ão o Amigo e Conselheiro que nunca falha, e o qual Se comove com o sentimento de Suas fraquezas. Aquele que foi tentado em todos os pontos como nós somos, mas sem pecado, sabe como socorrer os que são tentados e que se achegam a Ele com fé. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886. ------------------------Capítulo 13 -- A importância do preparo na obra de Deus FEC 107 1 O trabalho do obreiro não é pequeno ou insignificante. Se ele se dedica a qualquer ramo da obra, seu primeiro dever é ter cuidado de si mesmo e da doutrina. Deve examinar o seu próprio coração e remover o pecado; deve manter então sempre diante de si o Modelo, Jesus Cristo, como seu exemplo. Não deve sentir-se na liberdade de moldar sua conduta como melhor aprouver a sua própria inclinação. Ele é a propriedade de Jesus. Escolheu uma alta vocação, e dela deve proceder o colorido e feição de toda a sua vida futura. Ingressou na escola de Cristo, e poderá obter conhecimento de Cristo e Sua missão, e da obra que lhe compete realizar. Todas as suas faculdades devem ser postas sob o controle do grande Mestre. Toda faculdade mental, todo órgão do corpo deve ser mantido nas melhores condições possíveis, a fim de que a obra de Deus não apresente sinais de seu caráter defeituoso. FEC 107 2 Antes de uma pessoa estar preparada para ensinar a verdade aos que se encontram nas trevas, precisa tornar-se discípulo. Deve estar disposta a receber conselhos. Não pode colocar o pé no terceiro, quarto ou quinto degrau da escada do progresso antes de haver começado no primeiro degrau. Muitos julgam estar habilitados para a obra, quando em realidade não sabem quase nada a esse respeito. Se receberem permissão para começar a trabalhar por confiança própria, deixarão de adquirir o conhecimento que é seu privilégio obter, e estarão condenados a lutar contra muitas dificuldades para as quais eles se acham inteiramente desprevenidos. FEC 107 3 A cada obreiro é concedido agora o privilégio de aperfeiçoar-se, e ele deve fazer com que tudo concorra para esse objetivo. Quando quer que se faça esforço especial num importante lugar, deve ser estabelecido um sistema de trabalho bem organizado, de maneira que os que desejarem ser colportores, e os que são habilitados a dar estudos bíblicos a famílias possam receber as necessárias instruções. Os que são obreiros também devem ser discípulos, e enquanto o ministro labuta na palavra e na doutrina, não devem vaguear ociosamente de um lado para o outro, como se nada houvesse no discurso que necessitassem ouvir. Não devem considerar a pessoa que fala simplesmente como orador, mas como mensageiro de Deus aos homens. Preferências e preconceitos pessoais não devem exercer influência sobre a atenção prestada por eles. Se todos imitassem o exemplo de Cornélio e dissessem: "Agora, pois, estamos todos aqui, na presença de Deus, prontos para ouvir tudo o que te foi ordenado da parte do Senhor", tirariam muito mais proveito dos sermões ouvidos por eles. FEC 108 1 Deve haver, em ligação com nossas missões, colégios para os que estão prestes a entrar no campo como obreiros. Devem estar certos de que precisam tornar-se como novatos que aprendam o ofício de trabalhar pela conversão de almas. O labor nestas escolas deve ser variado. O estudo da Bíblia deve ocupar o lugar mais importante, e, ao mesmo tempo, deve haver um sistemático treino da mente e das maneiras, para que aprendam a se aproximar do povo da melhor maneira possível. Todos devem aprender a trabalhar com tato, cortesia, bem como com o Espírito de Cristo. Jamais devem parar de aprender, mas sempre continuar cavando em busca da verdade e dos melhores métodos de trabalho, como se estivessem à cata de ouro escondido na terra. FEC 108 2 Oxalá todos os que começam a empenhar-se na obra resolvam não ter sossego a menos que se tornem obreiros de primeira classe. A fim de fazer isto, não devem permitir que a mente seja dominada pelas circunstâncias e os impulsos, mas aferrar-se ao ponto exato, e ser exercitada ao máximo para compreender a verdade em todos os seus aspectos. FEC 108 3 Homens de talento têm labutado com grande desvantagem porque seu espírito não foi disciplinado para a obra. Vendo a necessidade de obreiros, dispuseram-se a preencher a lacuna, e, embora tenham realizado grande bem, este em muitos casos não é nem a décima parte do que poderiam ter realizado se houvessem recebido o devido preparo logo no início. FEC 109 1 Muitos que pretendem dedicar-se ao serviço de Deus não sentem necessidade de qualquer preparo especial. Mas os que têm essa impressão, são precisamente aqueles que se encontram em maior necessidade de rigoroso preparo. É quando eles têm pouco conhecimento de si mesmos e da obra, que se consideram mais habilitados. Quando esse conhecimento é maior, percebem a ignorância e a ineficiência de que se acham possuídos. Ao submeterem o coração a minucioso exame, notam tanta coisa diferente do caráter de Cristo, que são levados a exclamar: "Quem é idôneo para estas coisas?", e com profunda humildade esforçar-se-ão cada dia por colocar-se em íntima ligação com Cristo. Crucificando o próprio eu, estão pondo os pés na vereda em que Ele pode guiá-los. FEC 109 2 Há o perigo de que o obreiro inexperiente, enquanto procura habilitar-se para a obra, julgue ser competente para colocar-se em qualquer posição na qual soprem ao seu redor diversos ventos de doutrinas. Ele não pode fazer isto sem perigo para sua própria alma. Se lhes sobrevierem provações e tentações, o Senhor dará forças para vencê-las; mas quando alguém se coloca no caminho da tentação, sucede com freqüência que Satanás, por meio de seus agentes, estimula os sentimentos dessa pessoa de tal maneira que confundam e perturbem a mente. Por meio de comunhão com Deus e minucioso estudo das Escrituras, o obreiro deve firmar-se cabalmente antes de empreender com regularidade a tarefa de ensinar a outros. João, o discípulo amado, foi banido para a solitária ilha de Patmos, a fim de que pudesse estar separado de toda luta e até mesmo da obra que amava, e a fim de que o Senhor pudesse comunicar-Se com ele e revelar-lhe as cenas finais da história terrestre. Foi no deserto que João Batista aprendeu a mensagem que devia transmitir a fim de preparar o caminho para Aquele que viria. FEC 109 3 Acima de tudo o mais, porém, deve-se incutir nos indivíduos que decidiram tornar-se servos de Deus, que precisam ser pessoas convertidas. O coração deve ser puro. A piedade é essencial para esta vida e para a vida futura. O homem sem caráter sólido e virtuoso certamente não será uma honra para a causa da verdade. O jovem que pretende cooperar com Deus deve ser puro de coração. Em seus lábios, em sua boca, não deve haver dolo algum. Os pensamentos devem ser puros. Santidade de vida e caráter é uma coisa rara, mas o obreiro precisa tê-la, pois do contrário não poderá ligar-se a Cristo. Jesus declara: "Sem Mim nada podeis fazer." Se os que tencionam trabalhar para o bem dos outros e para a salvação de seus semelhantes confiarem em sua própria sabedoria, eles irão falhar. Se têm humilde conceito de si mesmos, são então suficientemente modestos para crer em Deus e esperar Seu auxílio. "Não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas." Temos então o privilégio de ser dirigidos por um sábio conselheiro, e crescente entendimento é dado ao verdadeiro e sincero pesquisador da verdade e do conhecimento. FEC 110 1 A razão por que não temos mais homens de grande envergadura e amplo conhecimento, é que eles confiam em sua própria sabedoria finita e procuram imprimir seu próprio cunho à obra, em vez de receber o cunho de Deus. Não oram com fervor e não mantêm aberto o meio de comunicação entre sua alma e Deus, para que possam reconhecer-Lhe a voz. Mensageiros de luz virão em auxílio dos que julgam ser a personificação da fraqueza, sem a tutela divina. A Palavra de Deus deve ser estudada com mais diligência, e introduzida na vida e no caráter, moldados segundo a norma de justiça que Deus estabeleceu em Sua Palavra. Então a mente se expandirá e se fortalecerá, sendo também enobrecida ao apossar-se das verdades que são eternas. Embora o mundo seja desatento e indiferente à mensagem de advertência e misericórdia transmitida na Bíblia, o povo de Deus, que discerne a proximidade do fim, deve ser mais resoluto e dedicado, e trabalhar com mais diligência, a fim de proclamarem as virtudes dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. FEC 111 1 O conhecimento é um poder, tanto para o bem como para o mal. A religião da Bíblia é a única salvaguarda para os seres humanos. É dispensada muita atenção aos jovens nesta época, para que saibam entrar airosamente numa sala, dançar e tocar instrumentos musicais. Mas esta educação lhes é negada: conhecer a Deus e atender a Seus reclamos. A educação que é tão duradoura como a eternidade, é quase inteiramente negligenciada como sendo antiquada e indesejável. A educação da criança para assumir a obra de edificação do caráter com relação ao seu bem atual, à sua paz e felicidade presentes, e para lhe guiar os pés na vereda levantada para que nela andem os remidos do Senhor, não é considerada da moda, e, portanto, não essencial. A fim de que nossos filhos entrem pelos portais da cidade de Deus como vencedores, devem ser ensinados a temer a Deus e a guardar os Seus mandamentos na vida presente. É a tais que Jesus chama de bem-aventurados: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." FEC 111 2 A bênção é proferida sobre os que se acham familiarizados com a vontade de Deus revelada em Sua Palavra. A Bíblia é o grande instrumento nas mãos de seu Autor para fortalecer o intelecto. Ela franqueia o jardim da mente para o cultivo do Lavrador celestial. É porque se dá tão pouca atenção ao que Deus diz e ao que Deus requer, que há tão poucos que sentem o dever de realizar trabalho missionário, tão poucos que se têm submetido a treinamento, incitando para o serviço toda faculdade, a fim de que seja adestrada e fortalecida para prestar melhor serviço a Deus. FEC 111 3 De um modo geral, esforços demasiado débeis estão sendo feitos para uni-los com nossas escolas de diferentes nacionalidades, que deveriam estar unidas a eles, para que adquiram educação e se habilitem para uma obra tão nobre, tão elevada e de tão grande influência. Deus não levou em conta os tempos da ignorância. Mas a luz está brilhando cada vez com maior intensidade; a luz e os privilégios de compreender a verdade bíblica são abundantes, se tão-somente os obreiros abrirem os olhos do seu entendimento. A verdade deve ser difusa. As missões nacionais e no estrangeiro requerem íntegros caracteres cristãos para se empenharem em projetos missionários. As missões em nossas cidades neste país e no exterior requerem homens imbuídos do Espírito de Cristo, que trabalhem como Cristo trabalhou. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1887. ------------------------Capítulo 14 -- A devida educação dos jovens FEC 113 1 O terceiro anjo é representado a voar pelo meio do céu, mostrando que a mensagem deve ir através da extensão e largura da Terra. É a mais solene mensagem que já foi dada a mortais, e todos quantos se propõem a ligar-se com a obra devem sentir primeiro sua necessidade de educação, e do mais completo processo de preparo para o trabalho, com referência a sua utilidade futura; e devem-se fazer planos e envidar esforços para aperfeiçoamento dos que aspiram entrar em qualquer ramo da obra. O trabalho ministerial não pode nem deve ser confiado a rapazes, nem o de instrutoras bíblicas a moças inexperientes, pelo fato de eles oferecerem seus serviços e estarem dispostos a assumir posições de responsabilidade, enquanto carecem de experiência religiosa, e lhes falta completa educação e preparo. Precisam ser provados para ver se resistem à prova; pois, a menos que desenvolvam o firme, consciencioso princípio de ser tudo quanto Deus quer que eles sejam, não hão de representar corretamente nossa causa e obra para este tempo. Nossas irmãs empenhadas na obra em toda missão, devem ter uma profundeza de experiência obtida dos que desfrutaram tal experiência e que compreendem as formas e os métodos de trabalho. Os movimentos missionários estão sendo continuamente embaraçados por falta de obreiros com a devida atitude mental e a devoção e piedade que representem corretamente a nossa fé. FEC 113 2 Muitos há que deveriam tornar-se missionários, mas que não ingressam nunca no campo, porque os que estão ao seu lado na igreja ou em nossos colégios não se preocupam de falar com eles, expondo diante de seus olhos as reivindicações de Deus quanto a todas as suas faculdades, e não oram com eles e por eles. O momentoso período que decide os planos e o curso da vida, passa; são reprimidas as suas convicções; outras influências e atrações os arrastam, e as tentações de buscar posições mundanas que, pensam eles, hão de trazer-lhes lucros financeiros, levam-nos para a corrente do mundo. Tais jovens poderiam haver sido salvos para o ministério por meio de planos bem organizados. Se as igrejas em diferentes lugares cumprirem seu dever, Deus cooperará com seus esforços por Seu Espírito, provendo homens fiéis para o ministério. FEC 114 1 Nossas escolas devem ser instituições educativas e de preparo. Se os homens e as mulheres delas saem habilitados, em qualquer sentido, para o campo missionário, sejam impressionados com a grandeza da obra; em sua experiência diária se deve introduzir a piedade prática, a fim de que sejam habilitados para qualquer posição de utilidade em nosso mundo, na igreja ou na grande vinha moral de Deus, que agora requer trabalhadores nas terras estrangeiras. FEC 114 2 Devem os jovens ser impressionados com a idéia de que neles se tem confiança. Têm um senso de honra, e desejam ser respeitados, e têm este direito. Se os alunos recebem a impressão de que não podem sair ou entrar, sentar-se à mesa, ou estar em qualquer parte, mesmo em seu quarto, a não ser que sejam vigiados, que um olho crítico esteja sobre eles para criticar e relatar, terá isto uma influência desmoralizadora, e a recreação em si não dará prazer. Esse conhecimento de uma vigilância contínua, é mais do que tutela paterna, e muito pior; pois os pais sábios podem, com tato, discernir freqüentemente sob a superfície e ver a operação da mente irrequieta nos anelos da juventude, ou debaixo das forças da tentação, e estabelecer seus planos de ação para anular o mal. Mas esse constante desvelo não é natural, e produz os males que está procurando evitar. A saúde dos jovens exige exercício, alegria, e que sejam cercados de uma atmosfera feliz e agradável, para o desenvolvimento da saúde física e de um caráter simétrico. FEC 114 3 A Palavra de Deus deve ser exposta aos jovens, mas um jovem não deve ser colocado na posição de fazer isto. Os que constantemente precisam ser vigiados para resguardar sua boa conduta, terão de ser vigiados em qualquer posição em que estiverem. Por isso, o molde dado ao caráter na juventude por um tal sistema de preparo é totalmente deletério. Tende em vista a disciplina mental e a formação de corretos sentimentos e hábitos morais. FEC 115 1 Os estudos, em geral, devem ser poucos e bem escolhidos, e os que freqüentam nossos colégios têm de receber preparo diverso do que é ministrado nas escolas comuns da atualidade. Se possuem pais sábios e tementes a Deus, eles geralmente receberam o ensino dos princípios do cristianismo. A Palavra de Deus era respeitada em seu lar, sendo seus ensinos considerados a lei da vida. Foram criados na doutrina e admoestação do evangelho. Quando entram na escola, devem continuar esta mesma educação e preparo. As máximas, os costumes e práticas do mundo, não são os ensinos de que eles necessitam. Eles devem ver que os professores na escola cuidam de sua alma, que têm decidido interesse em seu bem-estar espiritual. A religião é o grande princípio a ser incutido; pois o amor e o temor de Deus são o princípio da sabedoria. Se os jovens afastados da atmosfera doméstica, da guia e tutela dos pais, forem entregues a si mesmos para escolher seus companheiros, depararão com uma crise em sua história que geralmente não é favorável à piedade ou aos princípios. FEC 115 2 Por conseguinte, onde quer que se estabeleça uma escola, deve haver corações fervorosos para tomar vivo interesse em nossos jovens. Há necessidade de pais e mães que contribuam com profunda simpatia e benévolas admoestações. Deve-se introduzir nos serviços religiosos toda aprazibilidade possível. Os que prolongam esses serviços até torná-los cansativos, deixam errôneas impressões na mente dos jovens, levando-os a ligar a religião com o que é árido, anti-social e desinteressante. Tais jovens não adotam para si mesmos o mais alto padrão, mas princípios frouxos e um baixo padrão arruínam aqueles que, se devidamente instruídos, não só estariam em condições de ser uma bênção para a causa, mas também para a igreja e o mundo. É essencial, no professor, piedade ardente, ativa. O culto matutino e vespertino, na capela, bem como as reuniões de sábado, sem constante cuidado e se não forem vivificados pelo Espírito de Deus, poderão tornar-se formais e, para os jovens, o mais enfadonho e menos atrativo dos exercícios escolares. As reuniões sociais devem ser dirigidas de maneira a se tornarem não somente ocasiões proveitosas, mas de real prazer. FEC 116 1 Estudem os que ensinam os jovens, por sua vez, na escola de Cristo, aprendendo lições para comunicar a seus alunos. É preciso sincera, diligente e íntima devoção. Cumpre evitar toda falta de visão. Que o professor se desligue de sua dignidade ao ponto de ser um com as crianças em seus exercícios religiosos e entretenimentos, sem lhes dar a impressão de serem vigiadas e sem andar de um lado para o outro com aspecto imponente, como se fosse um soldado uniformizado a montar guarda sobre elas. Sua própria presença entre as crianças lhes apresentará um modelo à conduta. Sua harmonia com elas faz-lhe pulsar o coração com novo afeto. Os jovens necessitam de simpatia, afeição e amor, do contrário ficarão desanimados. Um espírito de "Não me importo com ninguém e ninguém se importa comigo" toma posse deles, e se bem que professem ser seguidores de Cristo, têm um diabo tentador em suas pegadas, e estão em risco de ficar desanimados e mornos, e de abandonar a Deus. Então alguém julga que deve censurá-los e tratá-los friamente, como se fossem muito piores do que são em realidade. Poucos, talvez nenhum, sentem o dever de fazer esforços pessoais para reformá-los e remover as lamentáveis impressões neles produzidas. FEC 116 2 As obrigações do professor são sérias e sagradas, mas parte alguma de sua obra é mais importante do que a de velar pelos jovens com terna e amorável solicitude, de modo que sintam ter nele um amigo. Conquiste uma vez o professor a confiança dos alunos, e poderá facilmente guiá-los, controlá-los e prepará-los. Os santos motivos em que se baseiam nossos princípios cristãos devem ser introduzidos na vida. A salvação de seus alunos é o mais elevado interesse confiado ao professor temente a Deus. Ele é colaborador de Cristo, e seu especial e determinado esforço deve ser salvar almas da perdição e ganhá-las para Jesus Cristo. Deus o requererá de suas mãos. Todo professor deve viver uma existência de piedade, pureza, acurado esforço no desempenho de todo dever. Se o coração arde com o amor de Deus, ver-se-á na vida aquela pura afeição que é essencial; far-se-ão fervorosas orações e dar-se-ão fiéis advertências. Quando estas são negligenciadas, periclitam as almas sob seu cuidado. É melhor gastar menos tempo com longas preleções e estudos absorventes do que deixar de atender a tais deveres negligenciados. FEC 117 1 No entanto, depois de todos esses esforços, os mestres verificarão talvez que alguns desenvolvem caráter destituído de princípios. São frouxos na moral, o que é, em muitos casos, resultado de viciosos exemplos e falta de disciplina dos pais. Conquanto os professores façam tudo quanto podem, não conseguirão levar esses jovens a uma vida de pureza e santidade. Após paciente disciplina, afetivo labor e fervorosa oração, ficarão decepcionados com aqueles de quem muito esperaram. Receberão, além disto, a censura dos pais, por não haverem tido poder de contrabalançar a influência de seu próprio exemplo e imprudente educação. O professor experimentará tais desalentos depois de haver cumprido o seu dever. Compete-lhe, porém, prosseguir em sua obra, confiando em que Deus opere com ele, ocupando varonilmente o seu posto e trabalhando com fé. Outros serão salvos para Deus, e sua influência se exercerá em salvar outros ainda. Que os pastores, os professores da Escola Sabatina e de nossos colégios unam alma, coração e propósito na obra de salvar nossa juventude da ruína. FEC 117 2 Muitos têm a impressão: "Bem, não importa que não sejamos tão meticulosos para educar-nos devidamente", e tem sido adotado um padrão inferior de conhecimento. E agora que são necessários homens competentes para ocupar diversas posições de responsabilidade, tais indivíduos são raros; havendo necessidade de mulheres de mente bem equilibrada e que não tenham uma educação de baixo teor, mas uma educação que as habilite para qualquer posição de responsabilidade, elas não são encontradas com facilidade. O que merece ser feito, precisa ser bem feito. Embora a religião deva ser o elemento predominante em toda escola, isto não levará ao apoucamento das consecuções nas letras. Embora a atmosfera religiosa deva predominar na escola, difundindo a sua influência, ela fará com que todos os verdadeiros cristãos sintam mais profundamente a necessidade de conhecimento completo, a fim de usarem da melhor maneira as faculdades que lhes foram concedidas por Deus. Enquanto progridem na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, gemerão sob o senso de suas imperfeições e procurarão sem cessar distender as faculdades mentais, de modo a tornarem-se cristãos inteligentes. FEC 118 1 O Senhor Jesus é desonrado por idéias ou desígnios baixos de nossa parte. Aquele que não percebe a obrigatoriedade da lei de Deus e negligencia observar cada uma de suas exigências, viola toda a lei. O que se contenta em satisfazer apenas parcialmente a norma da justiça, e que não vence todo inimigo espiritual, não cumpre o desígnio de Cristo. Rebaixa todo o plano de sua vida religiosa, e enfraquece o próprio caráter. Sob a força da tentação, seus defeitos de caráter tomam as rédeas, e o mal triunfa. Para satisfazer a mais elevada norma possível, precisamos ser perseverantes e decididos. Em muitos casos, precisam ser vencidos hábitos e ideais estabelecidos, antes de podermos fazer progresso na vida religiosa. O cristão fiel dará muito fruto; ele é um obreiro; não ficará indolentemente à deriva, mas porá toda a armadura para travar as batalhas do Senhor. A obra essencial é conformar os gostos, os apetites, as paixões, os motivos e desejos com a grande norma de justiça. A obra deve começar no coração. A menos que este seja puro e esteja em perfeita harmonia com a vontade de Cristo, qualquer paixão dominante, qualquer hábito ou defeito, tornar-se-á um poder para destruir. Nada menos que o coração inteiro será aceito por Deus. FEC 119 1 Deus quer que os professores em nossas escolas sejam eficientes. Se tiverem avançada compreensão espiritual, perceberão que é importante não serem deficientes no conhecimento das ciências. A piedade e a experiência religiosa jazem à própria base da verdadeira educação. Que ninguém julgue, porém, que para tornar-se um educador não é essencial nada mais do que ser fervoroso em assuntos religiosos. Ao passo que os mestres precisam de piedade, necessitam também de um completo conhecimento das ciências. Isto não só fará com que se tornem cristãos bons e práticos, mas os habilitará a educar os jovens, e terão ao mesmo tempo sabedoria celestial para conduzi-los à fonte de água viva. O cristão visa atingir as mais altas consecuções com o intuito de beneficiar os outros. O conhecimento harmonicamente misturado com o caráter cristão, tornará a pessoa realmente uma luz no mundo. Deus opera com os esforços humanos. Os que fazem toda diligência para tornar firme sua vocação e eleição, sentirão que um conhecimento superficial não os habilitará para uma posição de utilidade. A educação equilibrada por sólida experiência religiosa habilita o filho de Deus para executar a obra que lhe é designada, sólida, firme, inteligentemente. Aquele que aprende de Jesus, o maior Educador que o mundo já conheceu, não somente possuirá um simétrico caráter cristão, mas uma mente exercitada para o labor eficaz. A mente que discerne com rapidez irá muito além da superfície. FEC 119 2 Deus não quer que nos satisfaçamos com mente preguiçosa, indisciplinada, pensamentos obtusos, e memória fraca. Quer que todo professor seja eficiente, não se contentando, apenas, com certa medida de êxito, mas compreendendo sua necessidade de constante diligência em adquirir conhecimento. Nosso corpo e alma pertencem a Deus, pois Ele os comprou. Deu-nos talentos e tornou-nos possível adquirir mais, a fim de que possamos ser úteis a nós mesmos e a outros no caminho da vida. Cumpre a cada um desenvolver e avigorar os dons que lhe foram emprestados por Deus, para efetuar com eles um trabalho mais diligente e prático, tanto em questões temporais como religiosas. Se todos compreendessem isto, que vasta diferença seria notada em nossas escolas, em nossas igrejas e missões! A maioria contenta-se, porém, com um minguado conhecimento, poucas consecuções, satisfazendo-se simplesmente em ser aceitável. A necessidade de ser homens semelhantes a Daniel e Moisés, homens de influência, homens cujo caráter se tornou harmônico mediante o trabalho em benefício da humanidade e para glória de Deus -- tal experiência, só uns poucos têm tido, e o resultado é que bem poucos se acham agora habilitados para satisfazer à grande necessidade dos tempos. FEC 120 1 Deus não passa por alto os ignorantes; se estes, porém, estiverem ligados com Cristo, se forem santificados por meio da verdade, estarão sempre adquirindo conhecimento. Mediante o exercitarem todas as faculdades para glorificarem a Deus, terão aumentado poder para fazê-lo. Mas os que estão dispostos a permanecer em uma estreita esfera pelo fato de Deus ter condescendido em aceitá-los quando ali se achavam, são muito néscios; há, todavia, centenas e milhares que estão procedendo exatamente assim. Deus lhes deu o mecanismo vivo, e este precisa ser usado diariamente a fim de que a mente atinja consecuções cada vez mais elevadas. É uma lástima que muitos confundam ignorância com humildade, e que, a despeito de todos os recursos que Deus nos concedeu para a educação, tantas pessoas estejam dispostas a permanecer na mesma posição inferior em que se encontravam quando lhes foi transmitida a verdade. Não progridem intelectualmente; não se acham melhor habilitadas e preparadas para realizar grandes e boas obras do que na ocasião em que ouviram a verdade pela primeira vez. FEC 120 2 Muitos que são mestres da verdade deixam de ser estudantes, cavando sempre mais fundo em busca da verdade, como se estivessem à procura de tesouros escondidos. Seu intelecto atinge um padrão baixo e comum; mas não procuram ser homens de influência -- não por ambição egoísta, mas por amor a Cristo, para que revelem o poder da verdade sobre o intelecto. Não é pecado apreciar o talento literário, contanto que não seja idolatrado; mas ninguém deve lutar pela vanglória de exaltar o próprio eu. Quando este é o caso, há falta da sabedoria que desce lá do Alto, a qual é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos. FEC 121 1 Se forem dirigidas por homens que possuem a habilidade de administrá-las judiciosamente, as missões estabelecidas em nossas cidades serão luzes invariáveis a brilhar entre as trevas morais. A exposição das Escrituras por meio de estudos bíblicos é uma parte essencial da obra relacionada com essas missões; mas os obreiros não podem assumi-la a menos que estejam preparados. Muitos devem adestrar-se na escola antes mesmo que saibam como estudar para submeter a mente e os pensamentos ao controle da vontade, e como empregar sabiamente suas faculdades mentais. FEC 121 2 Como um povo, temos muito o que aprender antes de estarmos habilitados para empenhar-nos na grandiosa obra de preparar um povo que permaneça em pé no dia do Senhor. Nossas Escolas Sabatinas, que devem instruir as crianças e os jovens, são muito superficiais. Seus dirigentes precisam cavar mais fundo. Devem dedicar mais atenção e esforço à obra que estão realizando. Precisam estudar a Bíblia com mais afinco e ter uma experiência religiosa mais profunda para que saibam como dirigir Escolas Sabatinas segundo as instruções do Senhor, e como conduzir crianças e jovens ao Salvador. Este é um dos ramos da obra que está definhando por falta de homens e mulheres eficientes e perspicazes que sintam a responsabilidade perante Deus de usar suas faculdades, não para enaltecer o próprio eu, não por vanglória, mas para fazer o bem. FEC 121 3 Quão ampla e extensa é a ordem: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século"! Que honra é aí conferida ao homem; todavia, quantos procuram cingir-se à costa! Quão poucos estão dispostos a fazer-se ao mar alto e lançar as redes para a pesca! Ora, para que isto se faça, para que os homens sejam cooperadores de Deus, para que sejam chamados a labutar nas missões urbanas e para enfrentar mentalidades de toda a espécie, deve haver preparativos especiais para esse tipo de trabalho. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1887. ------------------------Capítulo 15 -- O valor do estudo da Bíblia FEC 123 1 "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." A Palavra de Deus é como um tesouro que contém tudo quanto é essencial para aperfeiçoar o homem de Deus. Nós não apreciamos a Bíblia como deveríamos. Não estimamos devidamente as riquezas que encerra, nem nos damos conta da grande necessidade que temos de examinar as Escrituras por nós mesmos. Os homens negligenciam o estudo da Palavra de Deus para ir após interesses mundanos ou entregar-se aos prazeres da época. Algum assunto insignificante torna-se uma escusa para a ignorância acerca das Escrituras dadas por inspiração divina. Seria melhor rejeitar, porém, qualquer coisa de caráter terrenal em vez deste importantíssimo estudo, que nos tornará sábios para a vida eterna. FEC 123 2 Dói-me o coração quando vejo homens -- até mesmo aqueles que professam esperar a vinda de Cristo -- dedicando seu tempo e talentos à circulação de livros que não contêm nada acerca das verdades especiais para nosso tempo -- livros de contos, de biografias e de teorias e especulações humanas. O mundo está cheio de tais livros; podem ser obtidos em qualquer parte; será que os seguidores de Cristo podem ocupar-se, porém, num trabalho tão fútil quando há em toda parte clamorosa necessidade da verdade de Deus? Não temos o encargo de propagar esses livros. Há milhares que podem fazê-lo, pois ainda não têm conhecimento de algo melhor. Temos uma missão definida, e não devemos abandoná-la por questões secundárias, empregando homens e recursos a fim de chamar a atenção das pessoas para livros que não têm relação com a verdade presente. FEC 123 3 Orais em favor do avanço da verdade? Trabalhai então neste sentido e demonstrai que vossas orações procedem de corações sinceros e fervorosos. Deus não opera milagres onde providenciou os meios pelos quais poderá ser realizada a obra. Empregai vosso tempo e talentos em Seu serviço, e Ele não deixará de cooperar com vossos esforços. Se o agricultor deixa de arar e semear, Deus não operará um milagre para anular as conseqüências de sua negligência. O tempo da colheita encontra o seu campo sem fruto: não há molhos a recolher ou grão a armazenar. Deus proveu a semente, o solo, o sol e a chuva; e se o agricultor houvesse empregado os meios à sua disposição, teria recebido segundo a semeadura e o trabalho por ele realizados. FEC 124 1 Existem grandes leis que governam o mundo natural, e as coisas espirituais são governadas por princípios igualmente positivos; é necessário empregar os meios para chegar a um fim e para obter os resultados desejados. Os que não fazem esforços decididos não estão trabalhando em harmonia com as leis de Deus. Não estão fazendo uso das provisões feitas pelo Pai celestial, e só podem esperar minguadas retribuições. O Espírito Santo não obriga os homens a seguir determinada conduta. Somos agentes morais livres, e quando se nos há dado suficiente evidência quanto a nosso dever, compete-nos decidir a conduta a ser tomada. FEC 124 2 A vós que permaneceis em ociosa expectativa, esperando que Deus realize algum milagre maravilhoso para iluminar o mundo em relação à verdade, desejo perguntar se haveis empregado os meios que Deus proveu para o avanço de Sua causa. Vós que orais por luz e verdade celestiais, tendes estudado as Escrituras? Tendes desejado o "genuíno leite espiritual", para que por ele vos seja dado crescimento? Vós vos submetestes ao mandato revelado? "Farás" e "não farás", são requisitos claros; não há lugar para ociosidade na vida cristã. Vós que lamentais vossa pobreza espiritual, procurais conhecer e fazer a vontade de Deus? Estais procurando entrar pela porta estreita? Há trabalho, fervoroso trabalho, que fazer para o Mestre. Os males condenados na Palavra de Deus devem ser vencidos. Deveis batalhar individualmente contra o mundo, a carne e o diabo. A Palavra de Deus é chamada "a espada do Espírito", e deveis tornar-vos hábeis em seu manejo, a fim de abrir caminho através das hostes da oposição e das trevas. FEC 125 1 Apartai-vos das companhias prejudiciais. Calculai o preço de seguir a Jesus, e fazei-o com o decidido propósito de despojar-vos de toda impureza da carne e do espírito. A vida eterna vale tudo o que possuís e sois, e Jesus disse: "Todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo." Aquele que nada faz, esperando ser compelido por algum poder sobrenatural, continuará esperando imerso em letargia e trevas. Deus deu Sua Palavra. Ele fala a vossa alma em linguagem inconfundível. Não basta a palavra de Sua boca para mostrar qual é o vosso dever e incentivar-vos a cumpri-lo? FEC 125 2 Os que humilde e devotamente examinam as Escrituras para conhecer e fazer a vontade de Deus, não ficarão em dúvidas quanto a suas obrigações para com Ele. Porque "se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina". Se quereis conhecer o mistério da piedade, deveis seguir a singela palavra da verdade, quer haja ou não sentimentos ou emoções. A obediência prestada deve provir de um sentimento de princípios, e deve-se seguir o que é correto em quaisquer circunstâncias. Este é o caráter escolhido por Deus para salvação. A prova da genuinidade do cristão é dada na Palavra de Deus. Disse Jesus: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos." "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei, e Me manifestarei a ele. ... Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. Quem não Me ama, não guarda as Minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é Minha, mas do Pai que Me enviou." FEC 125 3 Eis aí as condições de acordo com as quais toda alma será escolhida para a vida eterna. Vossa obediência aos mandamentos de Deus evidenciará vosso direito a uma herança com os santos na luz. Deus escolheu certa excelência de caráter, e a todo aquele que, pela graça de Cristo, alcance a norma por Ele requerida, será amplamente suprida a entrada no reino de glória. Todos os que querem alcançar esta norma de caráter terão de usar os meios que Deus proveu para este fim. Se quereis herdar o repouso que resta para os filhos de Deus, deveis tornar-vos colaboradores de Deus. Sois escolhidos para levar o jugo de Cristo -- levar Sua carga, carregar Sua cruz. Deveis ser diligentes em "confirmar a vossa vocação e eleição". Examinai as Escrituras e vereis que não é escolhido nenhum filho ou filha de Adão para ser salvo em desobediência à lei de Deus. O mundo invalida a lei de Deus; mas os cristãos são escolhidos para santificação mediante obediência à verdade. São escolhidos para que levem a cruz se querem cingir a coroa. FEC 126 1 A Bíblia é a única regra de fé e doutrina. E não há nada mais apropriado para vigorizar a mente e fortalecer o intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Não há outro livro que seja tão poderoso para elevar os pensamentos e dar vigor às faculdades como as vastas e enobrecedoras verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria ser, os homens teriam uma grandeza de entendimento, uma nobreza de caráter e uma firmeza de propósito que raramente se vêem neste tempos. Milhares de homens que ministram no púlpito carecem das qualidades essenciais da mente e do caráter, porque não se aplicam ao estudo das Escrituras. Satisfazem-se com um conhecimento superficial das verdades repletas de profunda significação; e preferem continuar assim, perdendo muito em todo o sentido, em vez de buscar com diligência o tesouro escondido. FEC 126 2 A procura da verdade recompensará a cada passo ao que a busca, e cada descoberta lhe proporcionará campos mais ricos de investigação. Os homens são transformados de acordo com aquilo que contemplam. Se pensamentos e assuntos triviais ocupam a atenção, o homem será trivial. Se é tão negligente que não obtenha mais que uma compreensão superficial da verdade de Deus, não receberá as ricas bênçãos que o Senhor deseja conceder-lhe. É uma lei da mente que esta se contrai ou se dilata em proporção àquilo com que se familiariza. A menos que se ocupem vigorosa e persistentemente com a tarefa de examinar a verdade, as faculdades mentais certamente se contrairão, perdendo sua capacidade para compreender os profundos significados da Palavra de Deus. A mente se expandirá se for usada para descobrir a relação entre os assuntos da Bíblia, comparando passagem com passagem e o espiritual com o espiritual. Ide além da superfície; os mais ricos tesouros do pensamento acham-se à disposição do estudante hábil e diligente. FEC 127 1 Os que estão ensinando a mensagem mais solene que já foi dada ao mundo, devem disciplinar a mente para que compreenda seu significado. O tema da redenção suportará o estudo mais concentrado e sua profundidade não será jamais explorada completamente. Não há razão para temer que esgotareis este maravilhoso assunto. Bebei profundamente da fonte da salvação. Ide vós mesmos à fonte para que sejais totalmente refrigerados, para que Jesus Se torne em vós uma fonte a jorrar para a vida eterna. Só a verdade e a religião da Bíblia resistirão à prova do juízo. Não devemos deturpar a Palavra de Deus para acomodá-la a nossa conveniência e interesses mundanos, mas perguntar sinceramente: "Que queres que eu faça?" "Não sois de vós mesmos, porque fostes comprados por preço." E que preço! Não "mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro..., mas pelo precioso sangue de Cristo". Quando o homem se perdeu, o Filho de Deus disse: Eu o redimirei; Eu serei seu fiador e substituto. Ele pôs de lado Suas vestiduras reais, revestiu Sua divindade com a humanidade, e desceu do trono real, para poder chegar até o fundo mesmo da miséria e tentação humana, levantar nossa natureza caída e possibilitar que sejamos vitoriosos, filhos de Deus, herdeiros do reino eterno. Permitiremos, então, que alguma consideração terrena nos desvie da senda da verdade? Não desafiaremos toda doutrina e teoria, submetendo-a à prova da Palavra de Deus? FEC 128 1 Não devemos permitir que nenhum argumento humano nos desvie de uma investigação cabal da verdade bíblica. As opiniões e os costumes dos homens não devem ser recebidos como se tivessem autoridade divina. Deus revelou em Sua Palavra em que consiste todo o dever do homem, e não devemos apartar-nos da grande norma de justiça. Ele enviou Seu Filho Unigênito para que fosse nosso exemplo, e nos convida a ouvi-Lo e segui-Lo. Não nos devemos deixar afastar da verdade segundo é em Jesus, porque grandes e professos bons homens colocam certas idéias acima das singelas declarações da Palavra de Deus. FEC 128 2 A obra de Cristo é atrair homens do que é falso e espúrio para o que é verdadeiro e genuíno. "Quem Me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida." Não há perigo de cair em erro enquanto seguimos as pegadas da "Luz do mundo". Devemos fazer as obras de Cristo. Devemos colocar o coração e a alma em Seu serviço; devemos examinar a Palavra da vida e apresentá-la aos outros. Devemos ensinar as pessoas a compreender a importância de seus ensinos e o perigo de desviar-se de suas claras ordens. FEC 128 3 Os judeus foram induzidos em erro e levados à ruína, e rejeitaram o Senhor da glória porque ignoravam as Escrituras e o poder de Deus. Uma grande obra está diante de nós: a de levar os homens a fazer da Palavra de Deus a regra de sua vida e a não transigir com as tradições e os costumes, mas andar em todos os mandamentos e estatutos do Senhor. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1888. ------------------------Capítulo 16 -- O Livro dos livros FEC 129 1 O estudo da Bíblia dará vigor ao intelecto. Diz o salmista: "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Muitas vezes tem-me sido perguntado: "Deve a Bíblia tornar-se o livro mais importante em nossas escolas?" Ela é um livro precioso e admirável. É um tesouro que contém jóias de grande valor. É uma história que descerra perante nós os séculos passados. Sem a Bíblia estaríamos entregues a conjeturas e fábulas no tocante às ocorrências dos tempos antigos. Dentre todos os livros que têm inundado o mundo, por mais valiosos que sejam, a Bíblia é o Livro dos livros, e merece o mais acurado estudo e atenção. Apresenta não só a história da criação deste mundo, mas também uma descrição do mundo por vir. Contém instruções acerca das maravilhas do Universo e revela à nossa compreensão o Autor dos céus e da Terra. Desdobra um simples e completo sistema de teologia e filosofia. Os que estudam com diligência a Palavra de Deus, e obedecem a suas instruções e amam suas singelas verdades, aperfeiçoarão o intelecto e as maneiras. Ela é uma dádiva de Deus que deve despertar em todo coração a mais sincera gratidão; pois constitui a revelação de Deus ao homem. FEC 129 2 Se as verdades da Bíblia forem entretecidas na vida prática, elevarão a mente acima de sua terrenalidade e degradação. Os que são versados nas Escrituras distinguir-se-ão como homens e mulheres que exercem uma influência enobrecedora. Ao serem esquadrinhadas as verdades reveladas pelo Céu, o Espírito de Deus é posto em íntima conexão com o sincero pesquisador das Escrituras. A compreensão da revelada vontade de Deus desenvolve, expande e eleva a mente, concedendo-lhe novo vigor pelo fato de colocar suas faculdades em contato com estupendas verdades. Se o estudo das Escrituras tornar-se uma questão secundária, sofre-se grande perda. A Bíblia foi por algum tempo eliminada de nossas escolas, e Satanás encontrou um terreno propício, no qual trabalhou com incrível rapidez, fazendo uma colheita do seu agrado. FEC 130 1 A compreensão equipara-se ao nível das coisas com que se familiariza. Se todos fizessem da Bíblia o seu estudo, veríamos um povo mais desenvolvido, capaz de pensar de maneira mais profunda e revelando mais elevado grau de inteligência, do que poderiam proporcionar-lhes os mais intensos esforços ao estudar meramente as ciências e as histórias do mundo. A Bíblia confere ao sincero pesquisador avançada disciplina mental, e ele emerge da contemplação das coisas divinas com as faculdades enriquecidas; o próprio eu é humilhado, ao passo que Deus e Sua verdade revelada são exaltados. É porque os homens desconhecem as preciosas histórias da Bíblia, que existe tanta exaltação humana e é dada tão pouca honra a Deus. A Bíblia contém exatamente a espécie de alimento de que o cristão necessita para fortalecer o espírito e intelecto. O estudo de todos os livros de filosofia e ciência não pode fazer pela mente e a moral o que a Bíblia consegue realizar ao ser estudada e posta em prática. Por meio do estudo da Bíblia mantemos um intercâmbio com patriarcas e profetas. A verdade é exarada em linguagem elevada, que exerce fascinante poder sobre a mente; o pensamento é elevado das coisas terrenas para a contemplação da glória da futura vida imortal. Que sabedoria humana pode equiparar-se à grandeza da revelação divina? O homem finito, que não conhece a Deus, procura diminuir o valor das Escrituras e encobrir a verdade sob pretensos conhecimentos científicos. FEC 130 2 Os que se ufanam de possuir sabedoria superior aos ensinos da Palavra de Deus, necessitam de maiores sorvos da fonte do conhecimento a fim de que se tornem cientes de sua verdadeira ignorância. Há uma pretensa sabedoria de homens que é loucura à vista de Deus. "Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles." Os que têm apenas esta sabedoria precisam tornar-se estultos em sua própria opinião. A maior ignorância que agora aflige a raça humana é a respeito da obrigatoriedade da lei de Deus; e essa ignorância é o resultado da negligência de estudar a Palavra do Senhor. É um decidido plano de Satanás cativar e absorver de tal maneira a mente, que o grande Livro-guia de origem divina não seja o Livro dos livros e que o pecador não seja conduzido da senda da transgressão para a senda da obediência. FEC 131 1 A Bíblia não é exaltada como deveria ser; todavia, quão infinita é a sua importância para a alma humana! Ao examinar as suas páginas deparamos com cenas majestosas e eternas. Contemplamos a Jesus, o Filho de Deus, ao vir a este mundo e empenhar-Se no misterioso conflito que desbaratou os poderes das trevas. Quão maravilhoso e quase inacreditável que o infinito Deus consentisse na humilhação de Seu querido Filho! Que todo estudante das Escrituras contemple este grandioso fato, pois não sairá dessa contemplação sem ter sido elevado, purificado e enobrecido! FEC 131 2 A Bíblia é um livro que revela os princípios da justiça e da verdade. Contém tudo o que é necessário para a salvação da alma, sendo ao mesmo tempo muito adequada para fortalecer e disciplinar a mente. Se for usada como livro de estudo em nossas escolas, demonstrar-se-á muito mais eficaz que qualquer outro livro no mundo, para guiar sabiamente nas questões pertinentes a esta vida, bem como ajudar a alma a galgar a escada do progresso que se estende até o Céu. Deus cuida de nós como seres intelectuais e deu-nos Sua Palavra como lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos. "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Não é meramente a leitura da Palavra que produzirá o resultado designado pelo Céu, mas a verdade revelada na Palavra de Deus precisa ter acesso ao coração para que se obtenha o almejado benefício. FEC 132 1 Nem sempre os mais bem educados em ciências são os mais eficientes instrumentos para uso de Deus. Muitos há que se acham postos de lado, e os que tiveram menos vantagens quanto à obtenção de conhecimento dos livros lhes tomam o lugar, por possuírem conhecimento prático das coisas essenciais no uso diário da vida; ao passo que os que se julgam instruídos deixam muitas vezes de ser alunos, são presumidos e se consideram acima de receber ensino, mesmo de Jesus, o maior Mestre que o mundo já conheceu. Os que cresceram e se expandiram, cujas faculdades de raciocínio se têm desenvolvido mediante profundo exame das Escrituras, a fim de saberem a vontade de Deus, hão de atingir posições de utilidade; pois a Palavra de Deus lhes penetrou na vida e no caráter. Ela deve fazer sua própria obra, ao ponto de dividir juntas e medula e discernir os pensamentos e propósitos do coração. A Palavra de Deus deve tornar-se o alimento pelo qual o cristão se deve fortalecer no espírito e no intelecto, a fim de poder combater em prol da verdade e da justiça. FEC 132 2 Por que é que nossos jovens, e mesmo os de mais idade, são facilmente induzidos à tentação e ao pecado? -- É porque a Palavra de Deus não é estudada e meditada como devia ser. Fosse ela apreciada, haveria uma retidão interior, um poder de espírito que resistiria às tentações de Satanás para o mal. Firme e decidida força de vontade deixa de se introduzir na vida e caráter, porque as sagradas instruções de Deus não se tornam objeto de estudo e de meditação. Não se faz o esforço que devia ser feito para dirigir o espírito aos pensamentos puros e santos, desviando-o do que é impuro e falso. Não se faz a escolha da melhor parte, do sentar-se aos pés de Jesus, como Maria, para aprender as mais sagradas lições do divino Mestre, a fim de serem entesouradas no coração e praticadas na vida diária. A meditação nas coisas santas elevará e refinará o espírito, formando senhoras e cavalheiros cristãos. FEC 133 1 Deus não aceitará nenhum de nós que esteja amesquinhando suas faculdades em concupiscentes e terrenas degradações, por pensamentos, palavras ou atos. O Céu é um lugar puro e santo, onde ninguém pode entrar, a menos que se ache refinado, espiritualizado, limpo e purificado. Temos uma obra a fazer por nós mesmos, e não seremos capazes de a realizar senão recebendo força de Jesus. Acima de todos os outros livros, devemos fazer da Bíblia o nosso estudo; devemos amá-la, obedecer-lhe como à voz de Deus. Devemos ver e compreender suas restrições e exigências -- "farás" e "não farás" -- e compreender a verdadeira significação da Palavra de Deus. FEC 133 2 Quando a Palavra de Deus se torna o nosso conselheiro, e investigamos as Escrituras em procura de luz, os anjos do Céu aproximam-se para nos impressionar a mente e iluminar o entendimento, de modo que se possa na verdade dizer: "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Não admira que não haja mais espiritualidade entre a juventude que professa o cristianismo, quando tão pouca atenção é dada à Palavra de Deus. Não se atende aos conselhos divinos; as admoestações não são obedecidas; não se buscam a graça e a sabedoria celestiais a fim de serem evitados os antigos pecados, sendo o caráter purificado de todo vestígio de corrupção. A oração de Davi era: "Faze-me entender o caminho dos Teus preceitos: assim falarei das Tuas maravilhas." FEC 133 3 Se a mente de nossos jovens, bem como a dos de mais idade, fosse devidamente dirigida, quando juntos, sua conversação recairia sobre elevados temas. Quando a mente é pura, e os pensamentos elevados pela verdade de Deus, as palavras hão de ser do mesmo caráter, "como maçãs de ouro em salvas de prata". Mas com a compreensão atual, com os hábitos presentes, com a baixa norma com que mesmo professos cristãos se acham satisfeitos, a conversa é vulgar e destituída de proveito. É terrena, e não lembra a verdade, o Céu, nem atinge sequer o nível das mais cultas classes de mundanos. Quando Cristo e o Céu são os temas de contemplação, a palestra o demonstrará. A conversação será temperada com graça, e o que fala revelará que tem estado a educar-se na escola do divino Mestre. Diz o salmista: "Escolhi o caminho da verdade: propus-me seguir os Teus juízos." Ele prezava como tesouro a Palavra de Deus. Ela lhe penetrava no entendimento, não para ser desconsiderada, mas posta em prática na vida. FEC 134 1 A menos que seja apreciada, a Palavra Sagrada não será obedecida como livro infalível, seguro e precioso. Todo pecado que nos assalta deve ser posto de lado. É preciso batalhar contra ele até que seja vencido. O Senhor cooperará com os vossos esforços. Ao operar o homem finito e pecaminoso sua própria salvação com temor e tremor, Deus é quem efetua nele tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Deus não agirá, porém, sem a cooperação do homem. Este precisa exercitar ao máximo suas faculdades; deve colocar-se como apto e dócil aluno na escola de Cristo; e, ao aceitar ele a graça que lhe é oferecida livremente, a presença de Cristo no pensamento e no coração dar-lhe-á firmeza de propósito para desembaraçar-se de todo peso do pecado, a fim de que o coração seja tomado de toda a plenitude de Deus e Seu amor. FEC 134 2 Os estudantes de nossas escolas devem considerar que a contemplação do pecado tem trazido inevitáveis conseqüências, e as faculdades que lhes foram dadas por Deus têm sido enfraquecidas e incapacitadas para o progresso moral, por terem sido mal aplicadas. Muitos há que reconhecem a veracidade deste fato. Acariciaram o orgulho e a presunção até que estes maus traços de caráter se tornaram um poder dominador, controlando seus desejos e inclinações. Embora tenham tido uma aparência de piedade e realizado muitos atos virtuosos aos seus próprios olhos, não houve verdadeira mudança de coração. Eles não têm colocado as práticas de sua vida em definida e estrita harmonia com a grande norma de justiça, a lei de Deus. Se comparassem criteriosamente sua vida com essa norma, não poderiam deixar de perceber que são deficientes, enfermos de pecado e que precisam de um médico. Só podem compreender a que profundezas têm caído, se contemplarem o infinito sacrifício feito por Jesus Cristo, para erguê-los da degradação. FEC 135 1 Bem poucos têm uma compreensão do nefando caráter do pecado e se acham inteirados da grandeza da ruína que resultou da transgressão da lei de Deus. Ao examinar o maravilhoso plano da redenção para restaurar o pecador à imagem moral de Deus, vemos que o único meio para a libertação do homem foi provido pela abnegação e a incomparável condescendência e amor do Filho de Deus. Só Ele tinha poder para batalhar contra o grande adversário de Deus e do homem, e, como nosso substituto e fiador, tem concedido poder aos que se apegam a Ele pela fé, para tornarem-se vitoriosos em Seu nome e por meio de Seus méritos. FEC 135 2 Podemos ver na cruz do Calvário quanto custou para o Filho de Deus trazer salvação à raça caída. Assim como o sacrifício em favor do homem foi completo, a restauração do homem, da contaminação do pecado, também deve ser cabal e completa. A lei de Deus nos foi dada como norma para reger a nossa conduta. Nenhum ato pecaminoso será desculpado pela lei; nenhuma injustiça escapará à sua condenação. A vida de Cristo é um perfeito cumprimento de cada um dos preceitos dessa lei. Ele declara: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." O conhecimento da lei condenaria o pecador e esmagaria a esperança em seu peito, se não visse a Jesus como seu substituto e fiador, pronto a perdoar-lhe a transgressão e o pecado. Quando, mediante a fé em Jesus Cristo, o homem realiza o melhor que está ao seu alcance, procurando guardar o caminho do Senhor pela obediência aos Dez Mandamentos, a perfeição de Cristo é imputada para cobrir a transgressão da alma contrita e obediente. FEC 135 3 Será feita uma tentativa por parte de muitos pretensos amigos da educação a fim de divorciar das ciências, a religião, em nossas escolas. Eles não pouparão esforços ou despesas para transmitir o conhecimento secular; mas não unirão a ele o conhecimento do que Deus tem revelado como constituindo perfeição de caráter. E, no entanto, a instrução na verdade de Deus desenvolveria a mente, comunicando também conhecimento secular; pois o próprio fundamento da verdadeira educação está no temor do Senhor. Diz o salmista: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Os vivos oráculos de Deus revelam os enganos do pai da mentira. Quem de nossos jovens pode saber algo sobre o que é a verdade, em comparação com o erro, a menos que esteja familiarizado com as Escrituras? A singeleza da verdadeira piedade deve ser introduzida na educação de nossos jovens a fim de que tenham conhecimento divino para se livrarem da corrupção das paixões que há no mundo. Os que verdadeiramente são seguidores de Cristo não servirão a Deus só quando isto estiver de acordo com a sua inclinação, mas também quando envolve abnegação e sacrifício. O importante conselho dado a Timóteo pelo apóstolo Paulo, a fim de que não deixasse de cumprir o seu dever, deve ser apresentado aos jovens de hoje: "Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza." Os pecados que assediam devem ser combatidos e vencidos. Traços objetáveis de caráter, sejam eles herdados ou cultivados, devem ser enfrentados em separado e comparados com a grande norma da justiça; e, à luz refletida pela Palavra de Deus, devem ser combatidos com firmeza e vencidos no poder de Cristo. "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." FEC 136 1 Dia a dia, e hora a hora, deve haver um vigoroso processo de abnegação e santificação a operar-se interiormente; e então, no exterior, as obras darão testemunho de que Jesus mora no coração pela fé. A santificação não cerra as entradas da alma ao conhecimento, mas vem expandir a mente, inspirando-a para buscar a verdade como a tesouros escondidos; e o conhecimento da vontade divina promoverá a obra de santificação. Existe um Céu e, oh! quão zelosamente nos devemos esforçar por alcançá-lo! Apelo para os alunos de nossas escolas e colégios, a fim de que creiam em Jesus como seu Salvador. Acreditai que está pronto a vos ajudar por Sua graça, quando a Ele vos chegais em sinceridade. Deveis combater o bom combate da fé. Deveis ser lutadores pela coroa da vida. Esforçai-vos, pois as garras de Satanás se acham sobre vós. Se não vos arrancardes de seu poder, sereis paralisados e arruinados. O inimigo se acha à direita e à esquerda, em vossa frente e por trás de vós; e deveis calcá-lo aos pés. Esforçai-vos, pois há uma coroa a ser alcançada. Esforçai-vos, pois, se não obtiverdes a coroa, perdereis tudo nesta vida e na por vir. Esforçai-vos, mas seja o vosso esforço feito no poder de vosso ressurgido Salvador. FEC 137 1 Os alunos de nossas escolas estudarão e procurarão imitar a vida e o caráter dAquele que desceu do Céu para mostrar-lhes o que devem ser, se querem entrar no reino de Deus? Tenho-vos transmitido a mensagem da breve volta do Filho de Deus nas nuvens do Céu com poder e grande glória. Não apresentei perante vós um tempo definido, mas repeti para vós a exortação do próprio Cristo, de vigiar e orar, "porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá". A advertência tem ecoado através dos séculos até o nosso tempo: "Eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1888. ------------------------Capítulo 17 -- Responsabilidade dos pais FEC 139 1 Deus tem permitido que a luz da reforma de saúde brilhe sobre nós nestes últimos dias, a fim de que, andando na luz, escapemos de muitos dos perigos a que seremos expostos. Satanás está trabalhando com grande poder para levar os homens a condescender com o apetite, satisfazer a inclinação e passar seus dias em descuidada insensatez. Ele apresenta atrações numa vida de prazer egoísta e condescendência sensual. A intemperança debilita as energias tanto da mente como do corpo. Quem assim é vencido colocou-se no terreno de Satanás, onde será tentado e afligido, sendo finalmente controlado à vontade pelo inimigo de toda a justiça. FEC 139 2 Os pais precisam compenetrar-se de sua obrigação de dar ao mundo filhos que tenham um caráter bem desenvolvido -- filhos que tenham força moral para resistir à tentação e cuja vida seja uma honra para Deus e uma bênção para os semelhantes. Os que iniciam a vida ativa com firmes princípios, estarão preparados para permanecer incólumes no meio das poluições morais desta época corrupta. Aproveitem as mães toda oportunidade de educar os filhos para a utilidade. FEC 139 3 A obra da mãe é sagrada e importante. Ela deve ensinar aos filhos, desde o berço, hábitos de abnegação e domínio próprio. Seu tempo, em sentido especial, pertence a seus filhos. Se for, porém, ocupado principalmente com as tolices desta época degenerada, se a sociedade, o vestuário e as diversões absorverem sua atenção, seus filhos não serão devidamente educados. FEC 139 4 Muitas mães que deploram a intemperança existente por toda parte, não aprofundam a visão o bastante para ver a causa. Com demasiada freqüência ela remonta à mesa do lar. Inúmeras mães, mesmo entre as que professam ser cristãs, põem diariamente diante de sua família alimentos substanciosos e muito condimentados, que tentam o apetite e incitam a comer em excesso. Em algumas famílias, os alimentos cárneos constituem o principal artigo do regime alimentar e, conseqüentemente, o sangue se enche de humores cancerosos e escrofulosos. Quando, então, lhes sobrevêm sofrimento e doença, atribuem à Providência o que é o resultado de uma conduta errônea. Repito: A intemperança começa na mesa, e a maioria condescende com o apetite até que a condescendência se torne segunda natureza. FEC 140 1 Quem quer que coma em demasia ou ingira alimentos que não sejam saudáveis, está enfraquecendo sua força para resistir aos reclamos de outros apetites e paixões. Muitos pais, para evitar a tarefa de ensinar pacientemente hábitos de abnegação aos filhos, permitem que comam e bebam todas as vezes que lhes aprouver. O desejo de satisfazer o gosto e de condescender com a inclinação, não diminui com o passar dos anos; e à medida que crescem, esses jovens amimados são governados pelo impulso, escravos do apetite. Quando assumem o seu lugar na sociedade e começam a viver por si mesmos, são incapazes de resistir à tentação. No glutão, no afeiçoado ao fumo, no beberrão e ébrio, vemos os funestos resultados da educação errônea e da condescendência pessoal. FEC 140 2 Quando ouvimos a aflitiva lamentação de homens e mulheres cristãos com referência aos terríveis males da intemperança, surgem imediatamente as perguntas: Quem educou os jovens? quem promoveu neles esses apetites desregrados? quem negligenciou a solene responsabilidade de moldar-lhes o caráter para a utilidade nesta vida e para o convívio com os anjos celestiais na vida futura? FEC 140 3 Qual não será a cena quando pais e filhos se encontrarem no final ajuste de contas! Milhares de filhos que têm sido escravos do apetite e de vícios aviltantes e cuja vida é uma ruína moral, colocar-se-ão face a face diante dos pais que fizeram deles o que são. Quem, a não ser os pais, terá de arcar com essa terrível responsabilidade? Foi o Senhor que corrompeu esses jovens? -- Oh, não! Quem, então, realizou essa terrível obra? Os pecados dos pais não foram transmitidos aos filhos em apetites pervertidos e paixões? e não foi completada a obra pelos que negligenciaram educá-los segundo a norma dada por Deus? Tão certo como eles existem, todos esses pais serão examinados na presença de Deus. FEC 141 1 Satanás está pronto para fazer a sua obra; ele não deixará de apresentar seduções a que os filhos não terão força de vontade ou poder moral para resistir. Vi que, por meio de suas tentações, ele está instituindo modas que se alteram sempre, bem como festas e diversões atraentes, a fim de que as mães sejam levadas a dedicar seu tempo a questões frívolas, e não para a educação e o preparo de seus filhos. Nossos jovens necessitam de mães que desde o berço lhes ensinem a dominar a paixão, a negar o apetite e a vencer o egoísmo. Eles precisam de preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. FEC 141 2 Aos hebreus foi ensinado como educar os filhos de tal maneira que evitassem a idolatria e a perversidade das nações pagãs: "Ponde, pois, estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma; atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontal entre os vossos olhos. Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos." FEC 141 3 A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor. FEC 141 4 A posição da mulher em sua família é mais sagrada que a do rei em seu trono. Sua grande obra é tornar a própria vida um exemplo, o qual ela desejaria que seus filhos imitassem. E por preceito e exemplo, deve abastecer-lhes a mente de conhecimento útil e conduzi-los ao trabalho abnegado em favor dos outros. O grande incentivo para a mãe laboriosa e afadigada deve ser o fato de que todo filho educado de modo correto e que possui o adorno interior, o ornamento de um espírito manso e quieto, brilhará nas cortes do Senhor. FEC 142 1 Exorto as mães cristãs a compreenderem sua responsabilidade, e a viverem, não para agradar a si mesmas, mas para glorificar a Deus. Cristo não agradou a Si mesmo, mas assumiu a forma de servo. Ele deixou as cortes reais e revestiu Sua divindade com a humanidade, a fim de que por Seu próprio exemplo pudesse ensinar-nos como podemos ser elevados à posição de filhos e filhas da família real, filhos do celeste Rei. Quais são, porém, as condições para obtermos esta grande bênção? -- "Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas." FEC 142 2 Cristo rebaixou-Se da posição de igualdade com Deus para a de servo. Seu lar ficava em Nazaré, um lugar proverbial por sua iniqüidade. Seus pais incluíam-se entre os humildes e pobres. Seu ofício era o de carpinteiro, e trabalhava com as próprias mãos a fim de cumprir a Sua parte no sustento da família. Por trinta anos foi submisso a Seus pais. A vida de Cristo realça nosso dever de ser diligentes no trabalho e de prover a subsistência dos que se acham sob o nosso cuidado. FEC 142 3 Em Suas instruções aos discípulos, Jesus ensinou-lhes que Seu reino não é um reino temporal, em que todos pleiteiam a posição mais elevada; deu-lhes também lições de humildade e sacrifício pessoal para o bem dos outros. Sua humildade não consistia no menosprezo de Seu próprio caráter e habilitações, mas em adaptar-Se à humanidade caída, a fim de erguê-la consigo a uma vida mais elevada. No entanto, quão poucos vêem algo atrativo na humildade de Cristo! As pessoas mundanas lutam constantemente por exaltar-se acima dos outros; mas Jesus, o Filho de Deus, a Si mesmo Se humilhou para enaltecer o homem. O verdadeiro discípulo de Cristo seguirá o Seu exemplo. Oxalá as mães desta geração reconhecessem o caráter sagrado de sua missão, não procurando competir na aparência com suas vizinhas opulentas, mas buscando honrar a Deus pelo fiel cumprimento do dever. Se fossem implantados princípios corretos acerca da temperança nos jovens que devem formar e moldar a sociedade, quase não haveria necessidade de cruzadas em favor desse assunto. Predominariam a firmeza de caráter e o controle moral, e as tentações destes últimos dias seriam combatidas no poder de Jesus. FEC 143 1 É muito difícil esquecer os hábitos cultivados durante a vida. O demônio da intemperança tem uma força gigantesca e não é derrotado com facilidade. Se, porém, os pais iniciarem a cruzada contra ela em seus próprios lares, em suas próprias famílias, nos princípios ensinados aos filhos desde a infância, podem esperar ser bem-sucedidos. Mães, vale a pena usar as preciosas horas que Deus vos dá para formar o caráter de vossos filhos e para ensinar-lhes a aderir estritamente aos princípios de temperança no comer e beber. FEC 143 2 É confiada aos pais a sagrada tarefa de proteger a constituição física e moral de seus filhos, de modo que o sistema nervoso seja bem equilibrado e a alma não corra perigo. Os pais e as mães devem compreender as leis da vida, para que não permitam, por ignorância, que se desenvolvam nos filhos más tendências. A alimentação afeta tanto a saúde física como a moral. Com que cuidado, portanto, devem as mães procurar suprir a mesa com os alimentos mais simples e saudáveis, a fim de que não sejam debilitados os órgãos digestivos, desequilibrados os nervos ou neutralizada a instrução que dão aos filhos. FEC 143 3 Satanás percebe que não pode exercer tão grande poder sobre a mente quando o apetite é mantido sob controle, do que quando é acalentado, e procura constantemente levar os homens à condescendência. Sob a influência de alimentos insalubres, é entorpecida a consciência, obscurecido o espírito e prejudicada a suscetibilidade às impressões. Mas a culpa do transgressor não é atenuada por ter sido violada a consciência até tornar-se insensível. FEC 144 1 Visto que o salutar estado mental depende da condição normal das forças vitais, quanto cuidado deve ser exercido para não usar estimulantes ou narcóticos! Vemos, porém, um grande número dos que professam ser cristãos usando fumo. Eles deploram os males da intemperança; todavia, enquanto falam contra o uso de bebidas alcoólicas, esses mesmos indivíduos expelem o sumo do tabaco. Deve haver uma mudança de opinião com referência ao uso do fumo antes de ser atingida a raiz do mal. Insistimos ainda mais nesta questão. O chá e o café promovem o apetite por estimulantes mais fortes. Achegando-nos, então, ainda mais perto do lar, à preparação do alimento, perguntamos: É praticada a temperança em todas as coisas? São executadas aqui as reformas essenciais à saúde e à felicidade? FEC 144 2 Todo verdadeiro cristão exercerá controle sobre os seus apetites e paixões. A menos que esteja livre da servidão do apetite, não poderá ser verdadeiro e obediente servo de Cristo. A condescendência com o apetite e a paixão enfraquece o efeito da verdade sobre o coração. É impossível que o espírito e o poder da verdade santifiquem o corpo, alma e espírito do homem enquanto ele é dominado por desejos sensuais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 7580 (1890). ------------------------Capítulo 18 -- Educação e saúde FEC 145 1 Por gerações, o sistema de educação predominante tem sido destrutivo para a saúde, e mesmo para a própria vida. Muitos pais e mestres deixam de compreender que nos primeiros anos da criança a principal atenção precisa ser dada à constituição física, a fim de garantir a saúde física e mental. Tem sido costume animar crianças a freqüentar a escola quando simples bebês, necessitadas dos cuidados maternos. Em muitos casos, os pequeninos aglomeram-se em salas de aula faltas de ventilação, onde se sentam em posição errônea em bancos mal construídos, e, em resultado, a jovem e tenra estrutura de alguns se tem deformado. FEC 145 2 Criancinhas, cujos membros e músculos não são fortes, e cujo cérebro ainda não se acha desenvolvido, têm sido conservadas portas adentro, para dano seu. Muitas não têm senão escassa reserva com que começar a vida, e o confinamento na escola dia a dia, torna-as nervosas e doentes. Seu corpo é impedido de crescer em virtude da exausta condição do sistema nervoso. No entanto, quando a lâmpada da vida se apaga, os pais e os mestres não se consideram de modo algum responsáveis por extinguir a centelha vital. Ao acharem-se ao pé da sepultura dos filhos, os aflitos pais consideram esse golpe como especial determinação da Providência, quando, por indesculpável ignorância, foi sua própria orientação que destruiu a jovem vida. Em tais circunstâncias, culpar a Providência pela morte constitui uma blasfêmia. Deus quer que os pequeninos vivam e recebam uma educação correta, a fim de poderem desenvolver belo caráter, glorificando-O neste mundo e louvando-O naquele outro melhor. FEC 145 3 Pais e mestres assumem a responsabilidade de educar essas crianças, mas quão poucos dentre eles sentem o dever diante de Deus de conhecer o organismo físico, para que saibam como preservar a vida e a saúde dos que se acham sob seus cuidados. Milhares de crianças morrem em resultado da ignorância dos que cuidam delas. FEC 146 1 Muitas crianças foram arruinadas para a vida e algumas morreram em virtude do procedimento insensato de pais e professores, que forçaram o jovem intelecto enquanto era negligenciada a natureza física. Essas crianças eram demasiado tenras para estarem numa sala de aula. A mente foi-lhes sobrecarregada com lições, quando devia ter permanecido livre até que houvesse suficiente força física para suportar esforço mental. As criancinhas devem ser deixadas tão livres como cordeiros a correr ao ar livre. É mister conferir-lhes as melhores oportunidades de lançarem a base de uma constituição sadia. FEC 146 2 Os jovens que são retidos na escola e confinados a intenso estudo não podem ter boa saúde. O esforço mental sem correspondente exercício físico atrai para o cérebro excessiva quantidade de sangue, desequilibrando assim a circulação. O cérebro tem sangue em demasia, ao passo que as extremidades têm muito pouco. As horas de estudo e recreação devem ser reguladas cuidadosamente, e uma parte do tempo deve ser gasta em trabalho físico. Quando os hábitos dos estudantes, de comer e beber, de vestir e dormir, estão em harmonia com a lei física, podem obter educação sem perder a saúde. Deve-ser repetir muitas vezes e inculcar na consciência a lição de que a educação será de pouco valor se não houver força física para usá-la depois de ser adquirida. FEC 146 3 Os estudantes não devem ter permissão para assumir tantos estudos que não tenham tempo para exercício físico. A saúde não pode ser preservada, a não ser que alguma parte de cada dia seja dedicada à atividade muscular ao ar livre. Horas regulares devem ser dedicadas ao trabalho manual de alguma espécie, algo que ponha em ação todas as partes do corpo. Equilibrai o esforço das faculdades físicas e mentais, e a mente do estudante será refrescada. Se está doente, o exercício físico freqüentemente ajudará o organismo a recuperar a condição normal. Ao saírem os alunos do colégio, devem ter melhor saúde e melhor compreensão das leis da vida do que quando nele entram. A saúde deve ser tão sagradamente cuidada como o caráter. FEC 147 1 Muitos estudantes são deploravelmente ignorantes do fato de que o regime alimentar exerce poderosa influência sobre a saúde. Alguns nunca fizeram um esforço decidido para controlar o apetite ou para observar regras adequadas quanto à alimentação. Comem demasiado, até nas refeições regulares, e alguns comem entre elas, sempre que surge a tentação. Se os que professam ser cristãos desejam solver estas questões tão intrincadas para eles: Por que sua mente é tão obtusa, por que suas aspirações religiosas são tão fracas? Em muitos casos não precisam ir além da mesa; pois, se não houver outra, há aí uma causa suficiente. FEC 147 2 Muitos separam-se de Deus pela condescendência com o apetite. Aquele que observa a queda de um pardal, que conta até os cabelos da cabeça, assinala o pecado dos que condescendem com o apetite pervertido, à custa da debilitação das energias físicas, do entorpecimento do intelecto e do amortecimento das percepções morais. FEC 147 3 Os próprios professores devem dar atenção adequada às leis da saúde, a fim de conservarem suas energias nas melhores condições possíveis, e pelo exemplo, bem como por preceito, exercerem uma influência correta sobre seus alunos. O professor cujas energias físicas estão já enfraquecidas pela doença ou por excesso de trabalho, deve dar especial atenção às leis da vida. Cumpre-lhe dedicar tempo à recreação. Ele não deve assumir responsabilidades além do seu trabalho escolar que o sobrecarreguem de tal maneira, física ou mentalmente, que seu sistema nervoso seja desequilibrado; pois neste caso ele estará incapacitado para lidar com mentes, e não poderá fazer justiça a si mesmo ou a seus alunos. FEC 147 4 Nossas instituições de ensino devem ser providas de todos os recursos para instrução com respeito ao mecanismo do corpo humano. Deve-se ensinar aos estudantes a respirar, ler e falar de maneira que o esforço não recaia sobre a garganta e os pulmões, mas sobre os músculos abdominais. Os professores precisam educar-se neste sentido. Nossos alunos devem obter um preparo completo, a fim de poderem entrar na vida ativa com um conhecimento racional da habitação que Deus lhes deu. Ensinai-lhes que devem ser aprendizes por todo o tempo que viverem. E enquanto lhes estiverdes ensinando, lembrai-vos de que eles ensinarão a outros. Vossas lições serão repetidas em benefício de muitos outros além dos que se assentam diante de vós dia a dia. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 81-84 (1890). ------------------------Capítulo 19 -- Educação no lar FEC 149 1 A obra da mãe é muito importante. Em meio dos cuidados do lar e dos penosos deveres da vida diária, ela deve procurar exercer uma influência que favoreça e eleve sua família. Nos filhos confiados a seu cuidado, toda mãe recebe um encargo sagrado do Pai celestial; e é seu privilégio, mediante a graça de Cristo, moldar seu caráter segundo o modelo divino, difundir sobre sua vida uma influência que os atraia a Deus e ao Céu. Se as mães sempre houvessem compreendido sua responsabilidade, tornando a preparação de seus filhos para os deveres desta vida e para as honras da futura vida imortal seu principal propósito e sua missão mais importante, não veríamos a miséria que existe atualmente em tantos lares de nossa pátria. FEC 149 2 É tal a tarefa da mãe, que exige progresso constante em sua própria vida, a fim de conduzir seus filhos a consecuções cada vez mais elevadas. Satanás elabora, porém, os seus planos para apoderar-se da alma de pais e filhos. As mães são afastadas dos deveres domésticos e do cuidadoso preparo de seus filhinhos, para dedicar-se ao serviço do próprio eu e do mundo. Permite-se que a vaidade, a moda e questões de menor importância absorvam a atenção, descuidando-se assim a educação física e moral dos preciosos filhos. FEC 149 3 Se a mãe forma seu critério com os costumes e as práticas do mundo, incapacita-se para as responsabilidades que lhe compete desempenhar. Se for dominada pela moda, isto debilitará seu poder de resistência e tornará a vida um fardo cansativo, em vez de uma bênção. Por motivo de debilidade física, talvez deixe de apreciar o valor de suas oportunidades, e sua família corre o risco de crescer sem os benefícios de seu cuidado, orações e instrução diligente. Se tão-somente considerassem os maravilhosos privilégios que Deus lhes tem concedido, as mães não se desviariam tão facilmente de seus sagrados deveres para ocupar-se com triviais questões mundanas. FEC 150 1 A obra da mãe começa com o bebê em seus braços. Tenho visto amiúde o pequenino ser arrojar-se ao solo e gritar, se o contrariavam nalguma coisa. Este é o momento para repreender o mau espírito. O inimigo procurará governar a mente de nossos filhos; temos de consentir, porém, que ele os molde segundo sua vontade? Esses pequeninos não podem discernir qual é o espírito que os domina, e é o dever dos pais manifestar juízo e discrição em seu lugar. Seus hábitos devem ser vigiados cuidadosamente. É mister restringir as más tendências e estimular a mente a inclinar-se para o que é correto. Deve-se animar a criança em cada esforço que faz para governar-se a si mesma. FEC 150 2 A regularidade deve ser a regra em todos os hábitos das crianças. Cometem as mães um grande erro em permitir-lhes que comam entre as refeições. Por esta prática se transtorna o estômago e é lançada a base para sofrimentos futuros. Sua impertinência pode ter sido causada pelo alimento insalubre, ainda não digerido; mas a mãe julga que não pode gastar tempo para raciocinar sobre a questão e corrigir sua má orientação. Nem pode ela se deter para abrandar sua impaciente inquietação. Dá aos pequenos sofredores um pedaço de bolo ou alguma outra guloseima para aquietá-los, mas isso tão-somente aumenta o mal. Algumas mães, em sua ansiedade por fazer grande quantidade de trabalho, excitam-se em tão grande pressa e nervosismo que ficam mais irritadiças que os filhos, e repreendendo, e mesmo batendo, procuram atemorizar os pequenos, de modo que fiquem quietos. FEC 150 3 Queixam-se muitas vezes as mães da saúde delicada de seus filhos, e consultam o médico, quando, se tão-somente exercessem um pouco de senso comum, veriam que o mal é causado por erros no regime alimentar. FEC 150 4 Vivemos numa época de glutonaria, e os hábitos nos quais são educados os jovens, mesmo por muitos adventistas do sétimo dia, estão em oposição direta às leis da Natureza. Estava eu certa vez assentada à mesa com várias crianças abaixo de doze anos de idade. Foi servida carne em abundância, e então uma menina delicada e nervosa pediu picles. Entregaram-lhe um frasco de picles mistos, ardente de mostarda e picante de outros condimentos, e disso ela se serviu abundantemente. A criança era proverbial por seu nervosismo e irritabilidade de temperamento, e esses condimentos ardentes, eram de molde a produzir tal condição. O filho mais velho achava que não podia tomar uma refeição sem carne, e mostrava grande descontentamento, e mesmo desrespeito, quando não lhe era dada. A mãe condescendera com os seus gostos e desgostos a ponto de tornar-se pouco menos que escrava de seus caprichos. Ao menino não se provera trabalho, e passava a maior parte de seu tempo lendo coisas inúteis ou piores que inúteis. Queixava-se quase constantemente de dor de cabeça, e não tinha prazer em alimento simples. FEC 151 1 Devem os pais prover ocupação para os filhos. Coisa alguma será mais certa fonte de mal do que a indolência. O trabalho físico que produz uma sadia fadiga aos músculos, dará apetite para alimento simples e saudável, e o jovem que tem trabalho apropriado não se levantará da mesa murmurando porque não vê a sua frente uma travessa de carne e várias iguarias que lhe tentem o apetite. FEC 151 2 Jesus, o Filho de Deus, trabalhando com Suas mãos na banca de carpinteiro, deu um exemplo a todos os jovens. Lembrem-se os que zombam quanto a assumir os deveres comuns da vida, de que Jesus era sujeito aos pais, e contribuía com Sua parte para o sustento da família. Poucas iguarias se viam na mesa de José e Maria, pois achavam-se entre os pobres e humildes. FEC 151 3 Os pais devem servir de exemplo a seus filhos no dispêndio do dinheiro. Há indivíduos que, tão logo ganhem algum dinheiro, gastam-no em guloseimas ou em adornos desnecessários, e quando diminuem as entradas, sentem necessidade do dinheiro que esbanjaram. Se têm uma renda abundante, usam todo dinheiro que recebem; se a renda é pequena, torna-se insuficiente por causa dos hábitos extravagantes adquiridos por eles, e fazem empréstimos para suprir as demandas. Lançam mão de toda fonte possível para fazer frente a suas necessidades fantasiosas. Tornam-se desonestos e infiéis, e o registro mantido contra eles nos livros do Céu é de tal natureza que não gostariam de contemplá-lo no dia do juízo. Precisam satisfazer a concupiscência dos olhos e condescender com o apetite, e permanecem pobres devido a seus hábitos descuidados, quando poderiam haver aprendido a viver dentro do alcance de seus recursos. A extravagância é um dos pecados a que os jovens são propensos. Desprezam os hábitos de economia para não serem considerados tacanhos e mesquinhos. O que Jesus, a Majestade do Céu, que lhes deu um exemplo de paciente laboriosidade e economia, diria a tais pessoas? FEC 152 1 Não é necessário especificar aqui a maneira de exercer economia em todos os particulares. Aqueles cujo coração está inteiramente entregue a Deus, e que tomam Sua Palavra por guia, saberão como devem conduzir-se em todos os deveres da vida. Aprenderão de Jesus, que é manso e humilde de coração; e, cultivando a mansidão de Cristo, fecharão a porta contra inúmeras tentações. FEC 152 2 Não considerarão como satisfazer ao apetite e à paixão por exibir-se, enquanto tantas pessoas nem sequer conseguem repelir a fome de sua casa. A importância gasta diariamente em coisas desnecessárias, com o pensamento: "É apenas uma moeda"; "São apenas alguns centavos", parece ser muito pequena; multipliquem-se, porém, essas pequenas quantias pelos dias do ano, e, à medida que os anos vão passando, o montante dos algarismos quase parecerá incrível. FEC 152 3 Aprouve ao Senhor apresentar-me os males que resultam de hábitos perdulários, a fim de que eu possa admoestar os pais a ensinarem estrita economia aos seus filhos. Ensinai-lhes que o dinheiro gasto naquilo que não necessitam é desvirtuado do uso a que se destina. Quem é desonesto no mínimo, também é desonesto no muito. Se os homens são desonestos com os bens terrenos, não podem ser-lhes confiadas as riquezas eternas. Ponde uma guarda sobre vosso apetite; ensinai vossos filhos, pelo exemplo assim como por preceito, a usar um regime simples. Ensinai-os a ser industriosos, não meramente ocupados, mas empenhados em trabalho útil. Procurai despertar neles as sensibilidades morais. Ensinai-lhes que Deus tem direitos sobre eles, mesmo desde os primeiros anos de sua infância. Dizei-lhes que por todos os lados há corrupção moral à qual devem resistir, que precisam chegar-se a Jesus e a Ele se entregar, corpo e espírito, e que nEle encontrarão forças para resistir a toda e qualquer tentação. Mantende presente ao seu espírito que eles não foram criados meramente para agradarem-se a si mesmos, mas para serem instrumentos do Senhor, para propósitos nobres. Quando as tentações instam para que enveredem por caminhos de condescendências egoístas, quando Satanás procura excluir a Deus de sua vista, ensinai-os a olhar para Jesus, suplicando-Lhe: "Salva-me, Senhor, para que não seja vencido!" Anjos se juntarão ao seu redor, em resposta a sua oração, guiando-os em veredas seguras. FEC 153 1 Cristo orou por Seus discípulos, não para que fossem tirados do mundo, mas fossem guardados do mal -- guardados de cederem às tentações com que se defrontariam por todos os lados. Esta é uma prece que deveria ser feita por todo pai e toda mãe. Mas, devem eles assim pleitear com Deus em favor dos filhos e então deixá-los a proceder segundo lhes apraz? Devem eles satisfazer o apetite até que se torne senhor absoluto, e então esperar refrear os filhos? -- Não; a temperança e o domínio próprio devem ser ensinados mesmo desde o berço. Sobre a mãe deve repousar em grande parte a responsabilidade desta obra. Os laços terrestres mais ternos são os que ligam mãe e filho. Este é mais facilmente impressionado pela vida e exemplo da mãe do que do pai, por ser mais forte e mais terno esse laço de união. Entretanto, é pesada a responsabilidade da mãe, e deve ela ter o constante auxílio do pai. FEC 153 2 Por toda a parte há intemperança no comer e no beber, intemperança no trabalho, intemperança em quase tudo. Os que fazem grande esforço para realizar justamente tanto trabalho em determinado tempo, e continuam a trabalhar quando seu juízo lhes diz que deviam descansar, jamais lucram. Estão vivendo de capital emprestado. Estão gastando a energia vital de que necessitarão num tempo futuro. E quando a energia que tão indiferentemente usaram é exigida, fracassam por esta lhes faltar. Foi-se a força física, fracassam as faculdades mentais. Reconhecem que se defrontam com a perda, mas não sabem qual é. Seu tempo de necessidade chegou, mas os seus recursos físicos estão exauridos. Todo aquele que viola as leis da saúde deve a qualquer tempo sofrer em maior ou menor escala. Deus nos proveu de vigor constitucional, que será necessário em diferentes períodos de nossa vida. Caso indiferentemente esgotemos essa energia pela contínua sobrecarga, em algum tempo seremos os prejudicados. Será diminuída nossa utilidade, se não for destruída a nossa própria vida. FEC 154 1 Em regra o trabalho do dia não deve prolongar-se pela noite. Se todas as horas do dia forem bem aproveitadas, todo o trabalho continuado até a noite é extra, e o organismo sobrecarregado se ressentirá do fardo que lhe é imposto. Foi-me mostrado que os que assim procedem amiúde perdem mais do que ganham, pois suas energias estão esgotadas e trabalham sob excitação nervosa. Talvez não percebam algum dano imediato, mas estão infalivelmente solapando o organismo. FEC 154 2 Consagrem os pais as noites a sua família. Deponham os cuidados e as perplexidades com os trabalhos do dia. O esposo e pai ganharia muito se adotasse a regra de não arruinar a felicidade de sua família trazendo para o lar as preocupações com os negócios, para produzir atritos e aborrecimentos. Pode ser que necessite do conselho de sua esposa em questões difíceis, e ambos podem obter alívio em suas perplexidades buscando juntos a sabedoria de Deus; manter porém a mente em tensão constante por assuntos de negócios prejudicará a saúde, tanto da mente como do corpo. FEC 154 3 Sejam os serões passados tão alegremente quanto possível. Seja o lar um lugar em que exista alegria, cortesia e amor. Isto o tornará atraente para os filhos. Se os pais estão continuamente nutrindo aborrecimentos, são irritadiços e críticos, os filhos participam do mesmo espírito de descontentamento e contenda, e o lar torna-se o lugar mais infeliz do mundo. Os filhos encontram mais prazer entre estranhos, em companhias descuidadas ou na rua, do que no lar. Tudo isto poderia ser evitado se se praticasse a temperança em todas as coisas e se cultivasse a paciência. O domínio próprio por parte de todos os membros da família tornará o lar quase um paraíso. Tornai os vossos aposentos tão agradáveis quanto possível. Descubram os filhos que o lar é o lugar mais atraente da Terra. Circundai-os de influências que os demovam de buscar companheiros de rua e de pensar nos antros do vício, a não ser com horror. Se a vida do lar fosse o que deveria ser, os hábitos nele formados seriam uma poderosa defesa contra os ataques da tentação quando os jovens tivessem que abandonar o amparo do lar para ir ao mundo. FEC 155 1 Construímos nossas casas para a felicidade da família ou meramente por ostentação? Proporcionamos a nossos filhos habitações agradáveis e ensolaradas, ou as conservamos escuras e fechadas, reservando-as para estranhos, cuja felicidade não depende de nós? Não há obra mais nobre que possamos fazer, benefício maior que conferir à sociedade, do que dar a nossos filhos uma educação adequada, inculcando neles, por preceito e exemplo, o importante princípio de que a pureza de vida e a sinceridade de propósito prepará-los-ão melhor para desempenharem sua parte no mundo. FEC 155 2 Nossos costumes artificiais privam-nos de muitos privilégios e gozos, e nos inabilitam para o que é útil. Uma vida de acordo com a moda é uma vida dura e ingrata. Quantas vezes se sacrificam o tempo, o dinheiro e a saúde, submete-se a paciência a penosa prova e perde-se o domínio próprio, só por causa da ostentação! Se os pais se apegassem à simplicidade, não tolerando despesas para a satisfação da vaidade e para seguir a moda; se mantivessem uma nobre independência dentro do que é correto, sem se deixar demover pela influência dos que, embora professem a Cristo, recusam erguer a cruz da abnegação, dariam a seus filhos, por meio deste mesmo exemplo, uma educação inestimável. Os filhos tornar-se-iam homens e mulheres de valor moral, tendo, por sua vez, a coragem de defender audazmente o que é correto, mesmo contra a corrente da moda e a opinião popular. FEC 156 1 Cada ato dos pais repercute no futuro dos filhos. Dedicando tempo e dinheiro ao adorno exterior e à condescendência do apetite pervertido, estão fomentando nos filhos a vaidade, o egoísmo e a concupiscência. As mães se queixam de estar tão carregadas de cuidados e trabalhos que não podem reservar tempo para ensinar pacientemente a seus pequeninos e compadecer-se deles em suas decepções e provas. Os corações juvenis anseiam por simpatia e ternura, e se não as obtêm dos pais, buscá-las-ão em fontes que ponham em perigo a mente e os costumes. FEC 156 2 Tenho ouvido mães negarem a seus filhos algum prazer inocente, por falta de tempo e reflexão, enquanto suas atarefadas mãos e seus fatigados olhos se ocupavam diligentemente com alguma inútil peça de adorno, algo que tão-somente serviria para estimular a vaidade e a extravagância nos filhos. "Para onde se torce o rebento, para lá se inclina a árvore." À medida que os filhos se aproximam da varonilidade e da feminilidade, essas lições produzem fruto de orgulho e falta de valor moral. Os pais deploram as faltas de seus filhos, mas não vêem que apenas estão colhendo os resultados de sua própria semeadura. FEC 156 3 Pais cristãos, assumi a responsabilidade de vossa vida e pensai sinceramente nas sagradas obrigações que pesam sobre vós. Fazei da Palavra de Deus a vossa norma, em vez de seguir as modas e os costumes do mundo, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida. A felicidade futura de vossa família e o bem-estar da sociedade, dependem, em grande parte, da educação física e moral que vossos filhos recebem nos primeiros anos de vida. Caso seus gostos e hábitos sejam tão simples em tudo como deveriam ser; caso o seu vestuário seja asseado, sem adorno adicional, as mães terão tempo para tornar felizes os filhos e ensinar-lhes amorosa obediência. FEC 156 4 Não envieis vossos pequeninos muito cedo para a escola. A mãe deve ser cuidadosa com a maneira em que confia a modelação da mente infantil a mãos alheias. Os pais devem ser os melhores mestres dos filhos até que eles atinjam a idade de oito ou dez anos. Sua sala de aula deveria ser o ar livre, entre as flores e os pássaros, e seu livro de estudo, o tesouro da Natureza. Tão depressa como sua inteligência possa compreendê-lo, os pais devem abrir perante eles o grande livro divino da Natureza. Essas lições, dadas em tal ambiente, não serão olvidadas com facilidade. Devem ser envidados grandes esforços a fim de preparar o terreno do coração, para que o Semeador espalhe a boa semente. Se metade do tempo e do trabalho que agora é mais do que desperdiçado em seguir as modas do mundo, fosse dedicado ao cultivo da mente das crianças e à formação de hábitos corretos, seria vista nas famílias uma assinalada modificação. FEC 157 1 Não faz muito, ouvi uma mãe dizer que lhe agradava ver uma casa construída com acerto, e que os defeitos na disposição e as falhas no retoque final da obra de carpintaria, lhe causavam aversão. Não condeno o gosto delicado neste sentido; porém, enquanto escutava o que ela dizia, lamentei que essa mesma delicadeza não pudesse haver sido introduzida em seus métodos de governar os filhos. Estes eram edifícios de cuja construção ela era responsável; no entanto, as maneiras ásperas e descorteses dessas crianças, sua índole iracunda e egoísta e sua vontade não reprimida eram dolorosamente manifestas aos outros. Eram, com efeito, caracteres disformes, peças de humanidade desajustadas; não obstante, a mãe era cega a tudo isso. A disposição de sua casa era mais importante para ela do que a simetria do caráter de seus filhos. FEC 157 2 O asseio e a ordem são deveres cristãos; no entanto, mesmo estas coisas podem ser levadas demasiado longe, fazendo-se com que sejam o essencial, ao passo que são negligenciadas questões de maior importância. Os que descuidam os interesses dos filhos por estas considerações, estão dizimando a hortelã e o cominho, ao passo que negligenciam os preceitos mais importantes da lei -- a justiça, a misericórdia e o amor de Deus. FEC 157 3 As crianças mais amimadas tornam-se voluntariosas, iracundas e desamáveis. Oxalá os pais compreendessem que tanto a sua felicidade como a de seus filhos dependem de uma disciplina sensata na infância! Quem são estes pequeninos confiados a nosso cuidado? São os membros mais novos da família do Senhor. Ele diz: "Toma este filho, esta filha, cria-os para Mim e prepara-os para que sejam lavrados 'como colunas de palácio', a fim de que resplandeçam nos átrios do Senhor." Obra preciosa! Importante obra! Vemos, no entanto, mães que suspiram por um campo mais vasto de trabalho, por alguma obra missionária a ser feita. Se tão-somente pudessem ir à África ou à Índia, creriam estar fazendo algo. Assumir, porém, os pequenos deveres diários da vida e cumpri-los fiel e perseverantemente, parece ser para elas algo sem importância. Por quê? Acaso não é freqüentemente porque a obra da mãe é tão pouco apreciada? FEC 159 1 Ela tem milhares de cuidados e responsabilidades de que o pai raramente tem algum conhecimento. Com demasiada freqüência ele retorna ao lar trazendo consigo os cuidados e as perplexidades dos negócios, que projetam sua sombra na família, e se não encontra tudo a seu gosto no lar, dá expressão a sentimentos de impaciência e de censura. Pode gabar-se do que realizou durante o dia, mas o trabalho da mãe, a seu ver, vale muito pouco, ou pelo menos não é estimado. Para ele, os cuidados que ela tem parecem insignificantes. Só precisa cozinhar, cuidar dos filhos, às vezes bastante numerosos, e manter a casa em ordem. Ela procurou, durante o dia todo, fazer com que o mecanismo doméstico funcionasse suavemente. Embora estivesse cansada e perplexa, procurou falar bondosa e alegremente, ensinar os filhos e conservá-los no reto caminho. Tudo isso custou esforço e muita paciência de sua parte. Ela não pode, por sua vez, gabar-se do que realizou. Afigura-se-lhe que não efetuou coisa alguma. Mas não é assim. Conquanto os resultados de seu trabalho não sejam visíveis, anjos de Deus observam a ansiosa mãe, notando os fardos que carrega dia a dia. Talvez o seu nome jamais apareça nos anais da História ou receba a honra e o aplauso do mundo, como pode suceder com o do esposo e pai; mas é imortalizado no livro de Deus. Ela está fazendo o que pode, e sua posição, à vista de Deus, é mais elevada do que a de um monarca em seu trono; pois está lidando com o caráter e modelando inteligências. FEC 159 1 As mães do presente estão formando a sociedade do futuro. Quão importante que seus filhos sejam criados de tal modo que consigam resistir às tentações que terão de enfrentar em toda a parte, mais tarde na vida! FEC 159 2 Seja qual for a ocupação do pai e as perplexidades que ela lhe ocasione, traga ele para o lar o mesmo semblante sorridente e as maneiras agradáveis com que durante todo o dia acolheu visitantes e estranhos. Sinta a esposa que pode apoiar-se no grande afeto de seu marido -- que seus braços a fortalecerão e susterão através de todas as suas labutas e cuidados, que a influência dele apoiará a sua, e seu fardo perderá metade do peso. Acaso os filhos não pertencem tanto a ele como a ela? FEC 159 3 Procure o pai aliviar a tarefa da mãe. Nos momentos que seriam dedicados ao gozo de um ócio egoísta, procure ele familiarizar-se com os seus filhos, unindo-se a eles em suas brincadeiras e trabalhos. Mostre-lhes as lindas flores, as altas árvores, em cujas folhas podem discernir as obras e o amor de Deus. Deve ensinar-lhes que o Deus que fez todas essas coisas ama o que é belo e bom. Cristo chamou a atenção dos discípulos para os lírios do campo e as aves do céu, mostrando como Deus cuida deles; e apresentou isto como prova de que Ele cuidará do homem, que vale muito mais do que as aves e as flores. Explique-se às crianças que embora seja desperdiçado muito tempo em tentativas de ostentação, nossa aparência jamais poderá comparar-se, em graça e beleza, com a das mais simples flores do campo. Desta maneira sua mente será dirigida do artificial para o natural. Poderão aprender que Deus lhes concedeu todas essas belas coisas para serem desfrutadas por eles, e que deseja que Lhe dêem os melhores e mais santos afetos do coração. FEC 159 4 Devem os pais procurar despertar nos filhos interesse pelo estudo de fisiologia. Os jovens precisam ser instruídos com referência a seu próprio corpo. Poucos são entre os jovens os que têm qualquer conhecimento definido dos mistérios da vida. O estudo do maravilhoso organismo humano, da relação e dependência de todas as suas complicadas partes, é um estudo em que a maioria das mães têm pouco ou nenhum interesse. Não compreendem a influência do corpo sobre a mente, ou da mente sobre o corpo. Ocupam-se com ninharias desnecessárias, e então alegam que não têm tempo para obter as informações de que necessitam a fim de cuidar devidamente da saúde de seus filhos. É menos incômodo confiá-los aos médicos. Milhares de crianças morrem pela ignorância das leis de seu ser. FEC 160 1 Se os próprios pais obtivessem conhecimento deste assunto e se compenetrassem da importância de pô-lo em prática, veríamos melhor estado de coisas. Ensinai vossos filhos a raciocinarem da causa para o efeito. Mostrai-lhes que, se violam as leis de seu ser, terão de pagar a pena com o sofrimento. Se não puderdes ver melhoramentos tão rápidos como desejais, não vos desanimeis, mas instruí-os pacientemente, e persisti até que seja alcançada a vitória. Continuai a ensiná-los com referência a seu próprio corpo e como cuidar dele. Desleixo com relação à saúde corporal, tende ao desleixo na moral. FEC 160 2 Não negligencieis ensinar vossos filhos a preparar alimento saudável. Dando-lhes estas lições de fisiologia e de boa culinária, estais a ensinar-lhes os primeiros passos em alguns dos mais úteis ramos de educação, e incutindo princípios que são elementos necessários em sua formação religiosa. FEC 160 3 Todas as lições de que falei neste artigo são necessárias. Se forem convenientemente atendidas, serão como um baluarte que preserve nossos filhos dos males que estão inundando o mundo. Temos necessidade de temperança em nossas mesas. Temos necessidade de casas em que a luz solar dada por Deus e o ar puro do céu sejam bem-vindos. Temos necessidade de uma influência alegre e feliz em nossos lares. Devemos cultivar bons hábitos em nossos filhos e instruí-los nas coisas de Deus. Custa algo fazer tudo isto. Custa orações e lágrimas, e instrução paciente e repetida com freqüência. Ficamos às vezes sem saber o que fazer; mas podemos apresentar nossos filhos a Deus em nossas orações, pedindo que sejam guardados do mal, orando: "Agora, Senhor, faze a Tua obra; abranda e subjuga o coração de nossos filhos"; e Ele nos ouvirá. Deus ouve as orações das mães chorosas e aflitas. Quando Cristo esteve na Terra, as mães sobrecarregadas levaram os filhos a Ele; pensavam que se pusesse as mãos sobre eles, teriam maior ânimo para criá-los no caminho em que deveriam andar. O Salvador sabia por que essas mães se aproximaram dEle com seus pequeninos, e repreendeu os discípulos que queriam afastá-los, dizendo: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus." Jesus ama os pequeninos e está observando para ver como os pais efetuam sua obra. FEC 161 1 A iniqüidade avulta por todos os lados, e para que as crianças se salvem é preciso envidar esforços diligentes e perseverantes. Cristo disse: "Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados." Queria que Seus discípulos fossem santificados, e tornou-Se seu exemplo, para que pudessem segui-Lo. Que sucederia se os pais e as mães assumissem a mesma posição, dizendo: "Desejo que meus filhos tenham firmes princípios, e dar-lhes-ei um exemplo disso em minha vida"? Não considere a mãe demasiado grande sacrifício algum que seja feito para a salvação de sua família. Lembrai-vos de que Jesus deu a vida a fim de resgatar da ruína a vós mesmos e a vossos filhos. Tereis Sua simpatia e ajuda nesta bendita obra, e sereis cooperadores de Deus. FEC 161 2 Embora falhemos em qualquer outra coisa, esmeremo-nos na obra em favor de nossos filhos. Se a disciplina doméstica os torna puros e virtuosos, se ocupam o ínfimo e mais humilde lugar no grande plano de Deus para o bem do mundo, a obra de nossa vida jamais poderá ser considerada um fracasso. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 60-72 (1890). ------------------------Capítulo 20 -- Ébrios mentais FEC 162 1 Que lerão nossos filhos? -- eis uma séria pergunta, que requer resposta séria. Aflijo-me ao ver, em famílias cristãs, revistas e jornais contendo histórias em série, as quais não causam boa impressão no espírito. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção foi assim cultivado. Têm tido o privilégio de escutar as verdades da Palavra de Deus, de conhecer as razões de nossa fé; mas chegaram à maturidade destituídos de piedade verdadeira. Esses queridos jovens necessitam muitíssimo de introduzir o melhor material na edificação de seu caráter -- o amor e o temor de Deus, e o conhecimento de Cristo. Muitos, porém, não possuem uma inteligente compreensão da verdade como é em Jesus. A mente se tem banqueteado com histórias sensacionais. Vivem num mundo irreal, e acham-se inabilitados para os deveres práticos da vida. Tenho observado crianças a quem se permitiu crescerem dessa maneira. Seja em casa, seja fora, elas ou estão desassossegadas ou sonhadoras, e são incapazes de conversar, a não ser acerca dos assuntos mais comuns. As mais nobres faculdades, as que se adaptam às mais altas consecuções, foram rebaixadas à contemplação de assuntos triviais, ou ainda piores, até que a pessoa se satisfaz com esses temas, mal podendo alcançar qualquer coisa mais elevada. Os pensamentos religiosos e a conversação sobre os mesmos, têm-se tornado desagradáveis. O alimento mental em que se têm chegado a deleitar, é contaminador em seus efeitos, conduzindo a pensamentos impuros e sensuais. Tenho experimentado sincera piedade por essas almas, ao considerar quanto estão perdendo com o negligenciar oportunidades de obter conhecimento de Cristo, em quem se concentram nossas esperanças de vida eterna. Quanto tempo precioso é desperdiçado, e que poderia ser empregado em estudar o Modelo da verdadeira bondade! FEC 162 2 Conheço pessoalmente alguns que perderam o saudável tônus da mente mediante errôneos hábitos de leitura. Atravessam a vida com uma imaginação doentia, avolumando toda pequenina ofensa. Coisas a que um espírito são, razoável, não daria atenção, tornam-se para eles provas insuportáveis, intransponíveis obstáculos. Para eles a vida se acha continuamente envolta em sombras. FEC 163 1 Os que têm condescendido com o hábito de correr através de histórias excitantes, estão invalidando sua força mental e se tornando inaptos para vigorosos pensamentos e pesquisas. Existem homens e mulheres agora no declínio da vida, que nunca se recobraram dos efeitos da leitura imoderada. O hábito, formado no princípio da vida, com eles cresceu e se tornou robusto; e seus esforços para vencê-lo, conquanto decididos, não têm conseguido senão um êxito parcial. Muitos nunca recuperaram seu vigor mental. Todas as tentativas de se tornarem cristãos práticos findam no desejo. Não podem ser verdadeiramente semelhantes a Cristo, e continuar a nutrir o espírito com esta classe de literatura. Tampouco o efeito físico é menos desastroso. O sistema nervoso é desnecessariamente sobrecarregado por esta paixão da leitura. Em alguns casos, jovens e mesmo os de idade madura, têm sido afligidos por paralisia que não tem outra causa senão o excesso de leitura. Sendo a mente mantida em constante excitação, o delicado maquinismo do cérebro enfraqueceu-se a ponto de não poder agir, sobrevindo em resultado a paralisia. FEC 163 2 Ao ser cultivado o apetite de histórias excitantes, sensacionais, perverte-se o gosto moral, e a mente não fica satisfeita, a não ser que seja continuamente alimentada com essa inútil e nociva comida. Tenho visto moças, professas seguidoras de Cristo, que se sentiam positivamente infelizes, se não tivessem nas mãos qualquer novo romance ou conto. A mente pede estimulante da mesma maneira que o bêbado anela a intoxicante bebida. Essas moças não manifestavam nenhum espírito de devoção; não difundiam nenhuma luz celeste entre suas companheiras para as encaminhar à fonte do conhecimento. Não possuíam profunda experiência religiosa. Se esta espécie de leitura não estivesse sempre diante delas, poderia ter havido alguma esperança de reforma de sua parte; ansiavam-na, porém, e insistiam em tê-la. FEC 164 1 Dói-me ver jovens de ambos os sexos arruinando assim sua utilidade nesta vida, e deixando de obter uma experiência que os prepare para uma existência eterna na sociedade celestial. Não podemos achar para eles mais apropriado termo que "ébrios mentais". FEC 164 2 Os imoderados hábitos de leitura exercem tão seguramente perniciosa influência sobre o cérebro, como o faz a intemperança no comer e beber. FEC 164 3 O melhor modo de impedir o desenvolvimento do mal, é ocupar antecipadamente o terreno. O máximo cuidado e vigilância são precisos no cultivo do espírito e na semeadura, nele, das preciosas sementes da verdade bíblica. O Senhor, em Sua grande misericórdia, revelou-nos nas Escrituras as regras do santo viver. Expõe-nos os pecados a serem evitados; esclarece-nos o plano da salvação e indica o caminho para o Céu. Inspirou homens santos para que registrassem, para nosso proveito, instruções relativas aos perigos que infestam o caminho, e a maneira de a eles fugir. Os que Lhe obedecem à recomendação de examinar as Escrituras, não serão ignorantes dessas coisas. Entre os perigos dos últimos dias, todo membro da igreja deve compreender as razões de sua esperança e fé -- razões que não são de difícil compreensão. Há suficiente matéria para ocupar o espírito, caso cresçamos na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. FEC 164 4 Somos finitos, mas devemos ter uma percepção do infinito. A mente deve ser exercitada em contemplar a Deus e Seu maravilhoso plano para nossa salvação. Deste modo a alma será elevada acima do que apenas é terreno e comum, e firmada no que é enobrecedor e eterno. O pensamento de que nos achamos no mundo de Deus, na presença do grande Criador do Universo, que fez o homem à Sua própria imagem, conduzirá a mente a extensos e elevados setores de meditação. O pensamento de que os olhos de Deus vigiam sobre nós, de que Ele nos ama e teve tanto cuidado por nós que chegou a dar Seu mui amado Filho para resgatar-nos, a fim de que não perecêssemos miseravelmente, é sublime; e quem abre o coração para o acolhimento e a contemplação de assuntos dessa natureza, jamais se contentará com assuntos triviais e sensacionais. FEC 165 1 Se a Bíblia fosse estudada como deveria ser, os homens tornar-se-iam fortes no intelecto. Os assuntos tratados na Palavra de Deus, a digna simplicidade de suas declarações, os nobres temas que apresenta ao espírito, desenvolvem no homem faculdades que não podem ser desenvolvidas de outra maneira. Abre-se, na Bíblia, um campo ilimitado à imaginação. O aluno sairá da contemplação de seus grandiosos temas, da associação com suas sublimes imagens com pensamentos e sentimentos mais puros e elevados do que se tivesse passado o tempo lendo qualquer obra de mera origem humana, sem falar nas de caráter leviano. Deixam os jovens de alcançar seu mais nobre desenvolvimento, quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria: a Palavra de Deus. A razão de termos tão poucos homens de bom espírito, de estabilidade e de sólido valor, é que Deus não é temido, Deus não é amado, os princípios religiosos não são aplicados à vida como devem ser. FEC 165 2 Deus quer que aproveitemos todos os meios de cultivar e fortalecer nossas faculdades intelectuais. Fomos criados para uma existência mais elevada e mais nobre do que é a vida no tempo atual. É este um tempo de preparação para a futura vida imortal. Onde poderão ser encontrados mais grandiosos temas para contemplação, mais interessantes assuntos para meditação, do que as sublimes verdades reveladas na Bíblia? Estas verdades realizarão uma poderosa obra em favor do homem, se ele tão-somente seguir o que elas ensinam. Quão pouco, porém, é estudada a Bíblia! Demora-se em toda e qualquer coisa sem importância, de preferência aos assuntos nela contidos. Se a Bíblia fosse mais lida, fossem suas verdades melhor compreendidas, seríamos um povo muito mais iluminado e esclarecido. Anjos do reino da luz colocam-se ao lado do diligente pesquisador da verdade, a fim de impressionar e iluminar o seu espírito. Aquele cujo entendimento se acha obscurecido pode encontrar luz mediante o conhecimento das Escrituras. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 123-126 (1890). ------------------------Capítulo 21 -- Livros em nossas escolas FEC 167 1 Na tarefa de educar os jovens em nossas escolas, será uma questão difícil reter a influência do Espírito Santo de Deus e apegar-se, ao mesmo tempo, a princípios errôneos. A luz que resplandece sobre os que têm olhos para ver, não pode misturar-se com as trevas da heresia e do erro encontradas em muitos dos compêndios recomendados aos alunos de nossos colégios. Tanto estudantes como professores têm pensado que para obter educação, era necessário estudar as produções de escritores que ensinam o ateísmo, em razão de suas obras conterem brilhantes gemas do pensamento. Quem foi, porém, o originador dessas gemas do pensamento? -- Deus, somente Deus; pois Ele é a fonte de toda luz. Acaso não se encontram nas páginas da Sagrada Escritura todas as coisas essenciais à saúde e ao crescimento da natureza espiritual e moral? Não é Cristo nossa cabeça vivente? E não temos de crescer nEle até a estatura perfeita de homens e mulheres? Pode uma fonte impura verter água potável? Por que haveríamos de vadear penosamente o conjunto de erros contidos nas obras de pagãos e ateus para obter o benefício de algumas verdades intelectuais, quando toda a verdade se acha à nossa disposição? FEC 167 2 O homem não pode realizar nada de bom sem Deus. Ele é o originador de todo raio de luz que tem atravessado as trevas do mundo. Tudo que é valioso provém de Deus e pertence a Ele. Existe uma razão por que os agentes do inimigo manifestam às vezes notável sabedoria. O próprio Satanás foi educado e disciplinado nas cortes celestiais e possui um conhecimento do bem e do mal. Mistura o precioso com o vil, e é isso que lhe dá poder para enganar os filhos dos homens. Visto, porém, que Satanás se apropriou dos atavios divinos a fim de poder exercer influência em seus usurpados domínios, devem os que jaziam em trevas e viram grande luz apartar-se dela e recomendar as trevas? Aqueles que conheceram os oráculos de Deus recomendarão que nossos alunos estudem livros que expressam sentimentos pagãos e ateus, para que sejam inteligentes? Satanás tem seus agentes, educados segundo seus métodos, inspirados por seu espírito e adaptados a suas obras; mas devemos cooperar com eles? Como cristãos, recomendaremos as obras de seus agentes como valiosas e até mesmo essenciais para uma boa educação? FEC 168 1 O Senhor mesmo tem indicado que devem ser estabelecidas escolas entre nós a fim de que se possa obter verdadeiro conhecimento. Nenhum professor em nossas escolas deve sugerir a idéia de que, para obter o devido preparo, é essencial o estudo de compêndios que expressam sentimentos pagãos e ateus. Os estudantes educados dessa maneira não são competentes, por sua vez, para tornarem-se educadores, pois estão cheios dos sutis sofismas do inimigo. O estudo de obras que de algum modo expressam sentimentos ateus é como pegar em carvão; pois o homem que pensa segundo a orientação do ceticismo não pode manter uma mente impoluta. Ao recorrer a tais fontes em busca de conhecimento, não nos estamos afastando das neves do Líbano para beber das turvas águas do vale? FEC 168 2 Os homens que se afastam do conhecimento de Deus têm colocado a mente sob o domínio de Satanás, seu mestre, e ele os prepara para serem seus servos. Quanto menos se puser perante os jovens obras que exponham idéias ateísticas, tanto melhor. Os anjos maus estão sempre de prontidão para enaltecer perante as inteligências juvenis aquilo que lhes causará dano, e, ao serem lidos livros que expressam sentimentos pagãos e ateus, esses invisíveis agentes do mal procuram infundir nos leitores o espírito de desconfiança e incredulidade. Os que bebem desses canais contaminados não têm sede das águas da vida, pois se contentam com as cisternas rotas do mundo. Julgam possuir os tesouros do saber, quando, em realidade, só estão amontoando madeira, feno e restolho, os quais não vale a pena adquirir ou conservar. Seu amor por si mesmos, sua idéia de que um conhecimento superficial das coisas constitui educação, torna-os jactanciosos e enfatuados, quando são, como os fariseus, ignorantes das Escrituras e do poder de Deus. FEC 169 1 Oh, que nossa juventude entesourasse o conhecimento imperecível, a fim de poderem levar consigo para a futura vida imortal o saber que é apresentado como ouro, prata e pedras preciosas! A classe de educadores e estudantes que se consideram sábios, não sabe nada como deveria sabê-lo. Precisam aprender mansidão e humildade na escola de Cristo a fim de que apreciem grandemente o que o Céu considera excelente. Os que recebem uma educação valiosa que seja tão duradoura como a eternidade, não serão considerados como os homens melhor educados do mundo. As Escrituras declaram, porém, que "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Tal espécie de conhecimento encontra-se abaixo da norma na opinião do mundo; no entanto, é essencial que todo jovem se torne sábio nas Escrituras, se quer ter vida eterna. Diz o apóstolo: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Isto é bastante amplo. Procurem todos compreender, na máxima amplitude de suas faculdades, o significado da Palavra de Deus. A mera leitura superficial da Palavra inspirada trará pouco benefício, porque cada declaração feita nas páginas sagradas requer cuidadoso estudo. É verdade que certas passagens não requerem tão diligente concentração como outras, pois seu significado é mais evidente. Mas o estudante da Palavra de Deus deve procurar compreender a relação que existe entre uma passagem e outra, até que a cadeia da verdade se revele a sua vista. Como os veios do precioso metal se acham ocultos debaixo da superfície da Terra, assim as riquezas espirituais estão escondidas no texto da Sagrada Escritura, e é necessário esforço mental e devota atenção para descobrir o significado oculto da Palavra de Deus. Que todo estudante que aprecia o tesouro celestial aplique ao máximo suas faculdades mentais e espirituais, e cave bem fundo na mina da verdade, a fim de que possa obter o ouro celestial -- a sabedoria que o torne sábio para a salvação. FEC 170 1 Caso se manifestasse no estudo do plano da salvação metade do zelo manifestado em procurar compreender as brilhantes idéias dos incrédulos, milhares que agora jazem em trevas ficariam encantados com a sabedoria, a pureza, a elevação das providências de Deus em nosso favor; ficariam fora de si pela admiração e assombro que lhes causaria o amor e a condescendência de Deus em dar Seu Filho unigênito para a raça caída. Como é que muitos se contentam em abeberar-se nos turvos regatos que correm no sombrio vale, quando poderiam refrescar a alma nas correntes vivas das montanhas? Pergunta o profeta: "Deixar-se-á a neve do Líbano por uma rocha do campo? ou deixar-se-ão as águas estranhas, frias e correntes?" E o Senhor responde: "O Meu povo se tem esquecido de Mim, queimando incenso à vaidade; e fizeram-nos tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas." FEC 170 2 É lamentável que homens a quem foram confiadas esplêndidas habilidades para serem empregadas no serviço de Deus, tenham prostituído suas faculdades no serviço do mal e colocado seus talentos aos pés do inimigo. Submeteram-se na mais servil escravidão ao príncipe do mal, ao passo que rejeitaram o serviço de Cristo, considerando-o humilhante e indesejável. Encararam a obra do seguidor de Cristo como estando abaixo de suas ambições e requerendo um declínio de sua grandeza, uma espécie de escravidão que reprimiria suas faculdades e restringiria o círculo de sua influência. Aquele que havia feito um infinito sacrifício para que eles pudessem ficar livres da servidão do mal foi posto de lado como indigno de seus melhores esforços e mais elevado serviço. FEC 170 3 Estes homens receberam seus talentos de Deus, e toda gema do pensamento pela qual foram considerados dignos da atenção de sábios e pensadores, não pertence a eles, mas ao Deus de toda a sabedoria, a quem não reconheceram. Por meio da tradição e da falsa educação, tais homens são exaltados como educadores do mundo; mas, dirigindo-se a eles, os estudantes se acham em perigo de aceitar o vil juntamente com o precioso; pois a superstição, o raciocínio capcioso e o erro estão mesclados com porções de verdadeira filosofia e instrução. Esta mescla forma uma poção que é venenosa para a alma, destruindo a fé no Deus de toda a verdade. Os que têm sede de conhecimento não precisam dirigir-se a essas fontes contaminadas, pois são convidados a ir à fonte da vida e beber livremente. Esquadrinhando a Palavra de Deus, podem encontrar o tesouro escondido da verdade que por longo tempo tem estado oculto sob o refugo do erro, da tradição humana e das opiniões dos homens. FEC 171 1 A Bíblia é o grande educador, pois não é possível estudar com devoção suas sagradas páginas sem que o intelecto seja disciplinado, enobrecido, purificado e refinado. "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que castigarei a todos os circuncidados juntamente com os incircuncisos." FEC 171 2 Os que pretendem ser cristãos, que professam crer na verdade e que no entanto se abeberam nas fontes contaminadas da incredulidade, e por preceito e exemplo apartam a outros das frias águas de neve do Líbano, são néscios, embora professem ser sábios. "Ouvi a palavra que o Senhor vos fala a vós outros, ó casa de Israel: Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus; porque com eles os gentios se atemorizam. ... Mas o Senhor é verdadeiramente Deus; Ele é o Deus vivo e o Rei eterno; do Seu furor treme a Terra, e as nações não podem suportar a Sua indignação. Assim lhes direis: Os deuses que não fizeram os céus e a Terra desaparecerão da Terra e de debaixo destes céus. O Senhor fez a Terra pelo Seu poder; estabeleceu o mundo por Sua sabedoria, e com a Sua inteligência estendeu os céus. Fazendo Ele ribombar o trovão, logo há tumulto de águas no céu, e sobem os vapores das extremidades da Terra; Ele cria os relâmpagos para a chuva, e dos Seus depósitos faz sair o vento. Todo homem se tornou estúpido, e não tem saber; todo ourives é envergonhado pela imagem que ele esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego. Vaidade são, obra ridícula; no tempo do seu castigo virão a perecer. Não é semelhante a estas Aquele que é a porção de Jacó; porque Ele é o Criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da Sua herança; Senhor dos Exércitos é o Seu nome." FEC 172 1 "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar fruto. ... Ó Senhor, Esperança de Israel, todos aqueles que Te deixam serão envergonhados; os nomes dos que se apartam de Mim serão escritos no chão; porque abandonam o Senhor, fonte das águas vivas. Cura-me, Senhor, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque Tu és o meu louvor." FEC 172 2 Afastem-se os crentes na verdade para este tempo dos autores que ensinam o ateísmo. Não apareçam obras de céticos nas estantes de vossas bibliotecas, onde vossos filhos possam ter acesso a elas. Os que provaram a boa Palavra de Deus e as virtudes do mundo vindouro não considerem mais um aspecto essencial de uma boa educação o ter conhecimento dos escritos daqueles que negam a existência de Deus e desprezam Sua santa Palavra. Não deis lugar aos agentes de Satanás, visto que nada há para justificar os seus feitos; uma coisa limpa não pode proceder da que é imunda. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1891. ------------------------Capítulo 22 -- O mestre da verdade, o único educador seguro FEC 174 1 Há no mundo duas classes de educadores. Uma é a daqueles que Deus torna canais de luz, e a outra, a dos que Satanás usa como agentes seus, e que são sábios em fazer o mal. Uma classe contempla o caráter de Deus, e cresce no conhecimento de Jesus, a quem Deus enviou ao mundo. Essa classe se entrega completamente às coisas que trazem a iluminação celestial, a sabedoria celeste, para a elevação da alma. Toda capacidade de sua natureza é submetida a Deus, e seus pensamentos são levados em cativeiro a Cristo. A outra classe está em aliança com o príncipe das trevas, que sempre está alerta para descobrir uma oportunidade para ensinar aos outros o conhecimento do mal. Caso lhe seja concedido lugar, não tarda em abrir caminho ao coração e à mente. FEC 174 2 Grande é a necessidade de elevar a norma da justiça em nossas escolas, de dar instruções segundo Deus. Entrasse Cristo em nossas instituições de educação para a mocidade, purificá-las-ia como fez com o templo, banindo muitas coisas que exercem influência contaminadora. Muitos dos livros de estudo dos jovens seriam eliminados, sendo substituídos por outros de molde a inculcar conhecimento substancioso, abundantes de sentimentos próprios para serem entesourados no coração, e de preceitos que possam reger a conduta. Será desígnio do Senhor que falsos princípios, raciocínios falsos e sofismas de Satanás sejam postos perante o espírito dos jovens e das crianças? Serão sentimentos pagãos e ateus apresentados a nossos estudantes como valiosos acréscimos a seu pecúlio de conhecimentos? As obras dos mais intelectuais dos céticos, são o produto de um espírito prostituído ao serviço do adversário; e hão de os que se dizem reformadores, que buscam dirigir as crianças e os jovens no reto caminho, no trilho aberto, imaginar que Deus Se agradaria de que apresentassem aos jovens aquilo que Lhe desfigurará o caráter, e O apresentará sob um falso aspecto? Serão os sentimentos dos incrédulos, as expressões de homens dissolutos, defendidos como merecedores da atenção dos estudantes, pelo fato de serem o produto de homens a quem o mundo admira como grandes pensadores? Homens que professam crer em Deus colherão de tais autores profanos as expressões e sentimentos, entesourando-os como jóias preciosas para serem conservadas entre as riquezas do espírito? De modo nenhum! FEC 175 1 O Senhor concedeu a esses homens, admirados pelo mundo, inapreciáveis dotes intelectuais; dotou-os de cérebros superiores; eles não os empregaram, porém, para glória de Deus. Qual Satanás, esses homens dEle se separaram; assim fazendo conservaram, não obstante, ainda muitas das preciosas gemas de pensamento que Deus lhes doara. Colocaram-nas em um engaste de erros, para dar realce aos próprios sentimentos humanos, a fim de tornar atrativas as enunciações inspiradas pelo príncipe do mal. É verdade que nos escritos dos pagãos e ateus se encontram pensamentos de ordem elevada, atrativos para o espírito. Há, porém, razão para isto. Não foi Satanás o portador de luz, o participante da glória de Deus no Céu, o primeiro depois de Jesus, em poder e majestade? Nas palavras da Inspiração é ele descrito como o que aferia a medida, "cheio de sabedoria e perfeito em formosura". O profeta declara: "Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura. ... Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. ... Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a Terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre." FEC 176 1 A grandeza e o poder com que o Criador dotou Lúcifer, foram por este pervertidos; todavia, quando convém aos seus desígnios, ele pode comunicar aos homens sentimentos encantadores. Tudo na Natureza provém de Deus; no entanto, Satanás pode inspirar a seus agentes pensamentos que parecem elevados e nobres. Não se dirigiu ele a Cristo citando as Escrituras quando tencionava vencê-Lo com especiosas tentações? É assim que ele se aproxima dos homens, como anjo de luz, disfarçando suas tentações sob a aparência de bondade, e fazendo-os acreditar ser ele o amigo e não o inimigo da raça humana. Por essa maneira tem enganado e seduzido a humanidade, iludindo-a com sutis tentações, confundindo-a com artificiosos enganos. FEC 176 2 Satanás tem atribuído a Deus todos os males herdados pela carne. Tem-nO representado como um Deus que Se deleita nos sofrimentos de Suas criaturas, vingativo e implacável. Foi Satanás que deu origem à doutrina do tormento eterno como castigo pelo pecado, pois assim podia levar os homens à incredulidade e à rebelião, perturbar as almas e destronar a razão humana. FEC 176 3 Olhando para baixo, o Céu viu as ilusões a que estavam sendo os homens induzidos, e achou que era preciso vir à Terra um divino Instrutor. Os homens em ignorância e trevas morais, deviam ter luz, luz espiritual; pois o mundo desconhecia a Deus, e Ele Se lhes devia revelar ao entendimento. Do Céu olhou a verdade para baixo, e não viu o reflexo da própria imagem; pois densas nuvens de sombras e escuridão espirituais envolviam o mundo. Unicamente o Senhor Jesus era capaz de dispersar as nuvens; porquanto Ele é a Luz do mundo. Por Sua presença podia dissipar a negra sombra lançada por Satanás entre o homem e Deus. As trevas cobriam a Terra, e a escuridão os povos. Por meio das acumuladas falsificações do inimigo, muitos foram tão enganados que adoraram um falso deus, revestido dos atributos do caráter satânico. FEC 177 1 O Mestre enviado pelo Céu, nada menos que o próprio Filho de Deus, veio à Terra para revelar aos homens o caráter do Pai, a fim de que O adorassem em espírito e em verdade. Cristo revelou aos homens o fato de que a mais estrita adesão a cerimônias e formas não poderia salvá-los; pois o reino de Deus é de natureza espiritual. Cristo veio para semear o mundo com a verdade. Em Suas mãos estavam as chaves de todos os tesouros da sabedoria, sendo-Lhe dado abrir portas à ciência e revelar não descobertas jazidas de conhecimento, fosse isto essencial à salvação. Apresentou aos homens exatamente o contrário das representações do inimigo quanto ao caráter de Deus, e neles procurou gravar o amor do Pai, que "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Acentuou aos homens a necessidade da oração, do arrependimento, da confissão e do abandono do pecado. Ensinou-lhes a honestidade, a clemência, a misericórdia e a compaixão, ordenando-lhes não amarem apenas aos que os amavam, mas os que os odiavam e os maltratavam. Em tudo isto, estava Jesus a revelar-lhes o caráter do Pai, que é longânimo, misericordioso e piedoso, tardio em iras, e grande em beneficência e verdade. Os que aceitaram os Seus ensinos achavam-se sob o protetor cuidado dos anjos, comissionados para fortalecer e iluminar, a fim de que a verdade pudesse renovar e santificar a alma. FEC 177 2 Cristo declara a missão que tinha em vista ao vir à Terra. Afirma em Sua última oração pública: "Pai justo, o mundo não Te conheceu; Eu, porém, Te conheci, e também estes compreenderam que Tu Me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu neles esteja." Quando Moisés pediu ao Senhor que lhe mostrasse Sua glória, o Senhor disse: "Farei passar toda a Minha bondade diante de ti." "Passando o Senhor por diante dele, clamou: Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo, e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado. ... E imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, O adorou." Quando formos capazes de compreender o caráter de Deus como Moisés, também nós nos daremos pressa em curvar-nos em adoração e louvor. Jesus não esperava nada menos de que "o amor com que Me amaste" estivesse no coração de Seus filhos, a fim de que pudessem comunicar a outros o conhecimento de Deus. FEC 178 1 Oh! que certeza esta de que o amor de Deus pode habitar no coração de todos os que nEle crêem! Oh! que salvação é provida; pois Ele pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus. Exclamamos com admiração: Como serão possíveis estas coisas? Mas Jesus não Se contentará com nada menos do que isso. Aos que aqui são participantes de Seus sofrimentos, de Sua humilhação, resistindo por amor a Seu nome, será outorgado o amor de Deus como o foi para o Filho. Disse Aquele que sabe: "O próprio Pai vos ama." Aquele que teve conhecimento pessoal do comprimento, da largura, da altura e da profundidade desse amor, declarou-nos esse fato surpreendente. Este amor pertence-nos pela fé no Filho de Deus; por isso, a conexão com Cristo significa tudo para nós. Devemos ser um com Ele, assim com Ele o é com o Pai, e então somos amados pelo infinito Deus como membros do corpo de Cristo, como ramos da Videira viva. Devemos estar ligados ao tronco original e receber nutrição da Videira. Cristo é nossa Cabeça glorificada, e o divino amor fluindo do coração de Deus se detém em Cristo e é comunicado aos que se uniram a Ele. Penetrando na alma, este divino amor lhe infunde gratidão, livra-a de sua debilidade espiritual, do orgulho, vaidade e egoísmo, e de tudo o que deforma o caráter cristão. FEC 179 1 Olhai, oh! olhai para Jesus, e vivei! Não podeis deixar de ficar encantados com os inigualáveis atrativos do Filho de Deus. Cristo era Deus manifestado na carne, o mistério oculto dos séculos, e nossa aceitação ou rejeição do Salvador envolvem interesses eternos. FEC 179 2 A fim de salvar o transgressor da lei de Deus, Cristo, que é igual com o Pai, veio viver o Céu diante dos homens, para que aprendessem o que significa ter o Céu no coração. Ilustrou o que o homem deve ser para estar à altura da preciosa dádiva da vida que se mede com a vida de Deus. FEC 179 3 A vida de Cristo estava imbuída da divina mensagem do amor de Deus, e anelava intensamente transmitir esse amor aos outros, em abundante medida. O Seu semblante irradiava compaixão e Sua conduta caracterizava-se pela graça, humildade, verdade e amor. Todo membro de Sua igreja militante deve manifestar as mesmas qualidades, se deseja fazer parte da igreja triunfante. O amor de Cristo é tão amplo, tão cheio de glória, que em comparação com ele, tudo o que os homens consideram grande se reduz a uma insignificância. Quando obtemos uma visão a seu respeito, exclamamos: Ó profundidade das riquezas do amor que Deus conferiu aos homens na dádiva de Seu Filho unigênito! FEC 179 4 Ao procurarmos descrever o amor de Deus em linguagem apropriada, notamos que as palavras são demasiado insípidas, demasiado débeis e muito abaixo do assunto, e depomos a pena e dizemos: "Não, não é possível descrevê-lo." Só podemos fazer o mesmo que o discípulo amado, dizendo: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus." Ao fazer qualquer tentativa para descrever esse amor, sentimo-nos como bebês balbuciando suas primeiras palavras. Podemos adorar em silêncio; pois nesta questão só o silêncio é eloqüência. Toda e qualquer linguagem é inadequada para descrever esse amor. Ele é o mistério de Deus na carne, Deus em Cristo e a divindade na humanidade. Cristo curvou-Se em inigualável humildade a fim de que, em Sua elevação ao trono de Deus, pudesse elevar os que nEle crêem a um lugar com Ele em Seu trono. Todos os que olham a Jesus com fé para que nEle sejam curadas as feridas e contusões causadas pelo pecado, serão restaurados. FEC 180 1 Os temas da redenção são momentosos, e somente os que têm inclinação para as coisas espirituais podem discernir-lhes a profundeza e o significado. Demorar-nos sobre as verdades do plano da salvação constitui nossa segurança, nossa vida, nossa alegria. É necessário fé e oração para contemplarmos as profundas coisas de Deus. Nosso espírito acha-se tão preso a idéias tacanhas que só temos visões restritas da experiência que é nosso privilégio desfrutar. Quão pouco compreendemos acerca do significado da oração do apóstolo, ao dizer ele: "Para que, segundo a riqueza da Sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o Seu Espírito no homem interior; e assim habite Cristo nos vossos corações, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, Àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o Seu poder que opera em nós, a Ele seja a glória, na igreja em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém." -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1891. ------------------------Capítulo 23 -- Os tesouros com que abastecer a mente FEC 181 1 Jesus contemplou a raça humana, ignorante, apostatada de Deus e que se achava sob a penalidade da lei transgredida; e veio trazer livramento, oferecer perdão completo, assinado pela Majestade do Céu. Se o homem aceitar esse perdão poderá salvar-se; se rejeitá-lo, estará perdido. Só a sabedoria de Deus pode desdobrar os mistérios do plano da salvação. A sabedoria dos homens pode ou não ser valiosa, conforme será demonstrado pela experiência, mas a sabedoria de Deus é indispensável; no entanto, muitos que professam ser sábios são voluntariamente ignorantes das coisas pertinentes à vida eterna. Perdei o que tiverdes de perder no âmbito dos conhecimentos humanos, mas deveis ter fé no perdão adquirido para vós a um preço infinito, pois do contrário perecerá convosco toda a sabedoria obtida na Terra. FEC 181 2 Se o Sol da Justiça retirasse do mundo Seus raios de luz, seríamos deixados nas trevas da noite eterna. Jesus falava como nenhum outro homem jamais falara. Vazara sobre os homens todo o tesouro celeste de sabedoria e conhecimento. Ele é a luz que ilumina a todo homem que vem ao mundo. Todos os aspectos da verdade Lhe eram manifestos. Não viera para enunciar sentimentos e opiniões incertos; mas somente para proferir verdades estabelecidas em princípios eternos. Por que acatar, então, as inconstantes palavras dos homens como elevada sabedoria, quando se acha à vossa disposição maior e infalível sabedoria? Os homens tomam os escritos dos falsamente chamados cientistas, e procuram harmonizar suas deduções com as afirmações da Bíblia. Onde, porém, não há acordo, não pode haver harmonia. Cristo declara: "Ninguém pode servir a dois senhores." Seus interesses são incompatíveis. Reiteradas vezes os homens tentaram colocar a Bíblia e os escritos humanos sobre uma base comum; mas essa tentativa tem sido um fracasso, pois não podemos servir a Deus e a Mamom. FEC 182 1 Estamos no mundo, mas não devemos ser do mundo. Jesus implora que aqueles pelos quais Ele morreu não percam a recompensa eterna prodigalizando suas afeições nas coisas dessa Terra perecível e privando-se assim da felicidade perpétua. O raciocínio esclarecido nos compele a reconhecer que as coisas celestiais são superiores às terrenas; no entanto, o depravado coração do homem o induz a dar primazia às coisas do mundo. As opiniões de grandes homens, as teorias da falsamente chamada ciência, são misturadas com as verdades da Sagrada Escritura. FEC 182 2 O coração que se entrega a Deus ama, porém, a verdade da Palavra divina; porque mediante a verdade é regenerada a alma. A mente carnal não tem prazer em meditar na Palavra de Deus, mas quem sofreu uma renovação mental discerne novos encantos nos oráculos vivos; pois divina beleza e luz celestial parecem fulgurar em cada uma de suas passagens. O que para a mente carnal era um desolado deserto, para a mente espiritual torna-se uma terra de correntes vivas. Aquilo que para o coração não renovado parecia ser um terreno estéril, para a alma convertida se torna o jardim de Deus, coberto de fragrantes botões e viçosas flores. FEC 182 3 A Bíblia tem sido colocada em segundo plano, ao passo que os dizeres de assim chamados grandes homens têm sido aceitos em seu lugar. Que o Senhor nos perdoe o desprezo que temos dado a Sua Palavra. Embora a Bíblia contenha inestimáveis tesouros e se assemelhe a uma mina repleta de preciosos minérios, não é apreciada, não é examinada, e suas riquezas não são descobertas. A misericórdia, a verdade e o amor são muito mais valiosos do que podemos imaginar; não podemos ter uma provisão demasiado grande desses tesouros, e é na Palavra de Deus que descobrimos como podemos tornar-nos possuidores dessas riquezas celestiais; todavia, por que a Palavra de Deus é desinteressante para muitos cristãos professos? Seria porque a Palavra de Deus não fosse espírito e vida? Terá Jesus colocado sobre nós uma incumbência desinteressante, ao ordenar-nos: "Examinai as Escrituras"? Disse Jesus: "As palavras que Eu vos tenho dito, são espírito e são vida." As coisas espirituais, porém, são discernidas espiritualmente, e o motivo de vossa falta de interesse é terdes falta do Espírito de Deus. Quando o coração for posto em harmonia com a Palavra, surgirá dentro de vós uma nova vida, fulgirá nova luz sobre cada linha da Palavra, e ela tornar-se-á a voz de Deus a vossa alma. Deste modo adotareis reflexões celestiais, sabereis para onde estais indo e sereis capazes de tirar o máximo proveito de vossos privilégios hoje em dia. FEC 183 1 Devemos pedir que o Senhor abra nosso entendimento para que compreendamos a verdade divina. Se humilharmos o coração diante de Deus, se tirarmos dele a vaidade, o orgulho e o egoísmo, mediante a graça abundantemente a nós outorgada; se desejarmos sinceramente e crermos firmemente, os brilhantes raios do Sol da Justiça incidirão sobre a nossa mente, iluminando nosso entendimento obscurecido. Jesus é a Luz que ilumina a todo homem que vem ao mundo. Ele é a Luz do mundo, e convida-nos a ir a ele, e dEle aprender. Jesus era o grande Mestre. Poderia haver feito revelações científicas de molde a relegar as descobertas dos mais eminentes homens à categoria de indizíveis insignificâncias; isto não era, porém, Sua missão ou obra. Viera para buscar e salvar os perdidos, e não Se deixaria desviar do próprio objetivo. Não permitiu que coisa alguma O demovesse. Esta obra colocou-a em nossas mãos. Iremos realizá-la? FEC 183 2 Nos dias de Cristo, os mestres estabelecidos instruíam os homens nas tradições dos pais, em fábulas pueris, a que se misturavam as opiniões dos que eram reputados altas autoridades. Todavia, nem elevados nem humildes podiam discernir qualquer raio de luz nesses ensinos. Que admiração que as multidões seguissem as pegadas do Senhor e Lhe rendessem homenagem enquanto Lhe escutavam as palavras! Ele revelou verdades soterradas sob o entulho do erro, e libertou-as das exigências e tradições dos homens, declarando-as de vigência eterna. Resgatou a verdade da penumbra em que se achava, dando-lhe o devido encaixe, a fim de que brilhasse em todo o seu fulgor original. Dirigia-Se aos homens em Seu próprio nome, pois estava investido de autoridade; e por que não deveriam os que professam ser Seus seguidores falar com autoridade acerca dos assuntos sobre os quais Ele tem transmitido luz? Por que aceitar fontes inferiores de instrução, se Cristo é o grande Mestre que conhece todas as coisas? Por que submeter à consideração dos estudantes autores inferiores, quando é feito o convite por Aquele cujas palavras são espírito e vida: "Vinde, ... e aprendei de Mim"? FEC 184 1 Não estaremos intensamente interessados nas lições de Cristo? Não ficaremos encantados com a nova e gloriosa luz da verdade celestial? Esta luz está acima de tudo o que o homem pode apresentar. Só podemos receber luz achegando-nos à cruz e apresentando-nos no altar de sacrifício. Aqui se manifesta a debilidade humana; aqui é revelada Sua força; aqui os homens vêem que há poder em Cristo para salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus. FEC 184 2 Não seremos praticantes das palavras dAquele que conhece todas as coisas? Não faremos da Bíblia nosso conselheiro na educação e no preparo de nossos jovens? A Palavra de Deus é a base de todo conhecimento verdadeiro, e Cristo ensina o que os homens devem fazer a fim de serem salvos. Até agora têm sido cumpridos os desígnios do inimigo apresentando-se diante de nossos estudantes tais livros que têm ensinado artificiosos erros e exposto fábulas que têm incitado seus apetites carnais. Introduziremos em nossas escolas o semeador do joio? Permitiremos que homens considerados grandes, e que no entanto têm sido instruídos pelo inimigo de toda a verdade, realizem a educação de nossos jovens? Ou tomaremos a Palavra de Deus como nosso guia e faremos com que nossas escolas sejam conduzidas mais de acordo com o sistema das antigas escolas dos profetas? FEC 184 3 Se a Bíblia fosse estudada e obedecida; se tivéssemos o espírito de Cristo, faríamos decididos esforços para ser cooperadores de Deus. Devemos dar mais valor à alma; pois toda alma convertida a Deus constitui uma vaso dedicado ao uso sagrado, um depositário da verdade, um portador de luz para outros. Deus espera mais das escolas do que foi produzido até agora. Cristo disse: "Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque Deus, o Pai, O confirmou com o Seu selo." FEC 185 1 Então compreenderemos corretamente os ensinos da Palavra de Deus e prezaremos a verdade como o mais valioso tesouro com que abastecer a mente. Teremos uma fonte inesgotável das águas da vida. Oraremos como o salmista: "Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da Tua lei", e, como ele, descobriremos que "os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o Teu servo; em os guardar há grande recompensa." -- The Review and Herald, 24 de Novembro de 1891. ------------------------Capítulo 24 -- A ciência da salvação, a principal das ciências FEC 186 1 As escolas estabelecidas entre nós são assunto de grave responsabilidade, pois envolvem importantes interesses. Em sentido especial, nossas escolas são um espetáculo aos anjos e aos homens. Há poder no conhecimento de ciências de toda a espécie, e é desígnio de Deus que a ciência avançada seja ensinada em nossas escolas como preparação para a obra que há de preceder as cenas finais da história terrestre. A verdade deve ir aos mais remotos confins da Terra mediante pessoas preparadas para a obra. Mas, embora haja poder no conhecimento da ciência, o conhecimento que Jesus veio transmitir pessoalmente ao mundo era o conhecimento do evangelho. A luz da verdade devia lançar seus brilhantes raios nas partes mais longínquas da Terra, e a aceitação ou a rejeição da mensagem de Deus envolvia o destino eterno das almas. FEC 186 2 O plano da salvação fez parte dos conselhos do Infinito desde toda a eternidade. O evangelho é a revelação do amor de Deus aos homens, e significa tudo o que é essencial para a felicidade e o bem-estar da humanidade. A obra de Deus na Terra é de incomensurável importância, e o especial objetivo de Satanás é colocá-la fora do alcance da vista e da mente, para que torne eficazes seus enganosos artifícios na destruição daqueles por quem Cristo morreu. É seu propósito fazer com que as invenções humanas sejam exaltadas acima da sabedoria de Deus. Quando a mente se enleva com as concepções e as teorias dos homens, com exclusão da sabedoria de Deus, recebe o selo da idolatria. A ciência, como falsamente lhe chamam, tem sido exaltada acima de Deus, a Natureza acima do seu Criador, e como Deus pode aprovar tal sabedoria? FEC 186 3 Na Bíblia é definido todo o dever do homem. Salomão declara: "Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos; porque isso é o dever de todo homem." A vontade de Deus é revelada em Sua Palavra escrita, e este é o conhecimento essencial. A sabedoria humana, a familiaridade com os idiomas de diversas nações são um auxílio na obra missionária. A compreensão dos costumes das pessoas, e do lugar e da época dos acontecimentos, é conhecimento prático, pois ajuda a esclarecer as figuras da Bíblia, a realçar o poder das lições de Cristo; mas não é absolutamente necessário saber estas coisas. O peregrino pode encontrar o caminho preparado para ser palmilhado pelos remidos, e não haverá desculpa para quem perecer devido à má compreensão das Escrituras. FEC 187 1 Na Bíblia é declarado todo princípio vital, explicado todo dever, evidenciada toda obrigação. Todo o dever do homem é resumido pelo Salvador, nestas palavras: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Na Palavra, o plano da salvação acha-se claramente delineado. A dádiva da vida eterna é prometida sob a condição de salvadora fé em Cristo. O atraente poder do Espírito Santo é assinalado como um instrumento na obra da salvação do homem. A recompensa dos fiéis, o castigo dos culpados, são expostos com clareza. A Bíblia contém a ciência da salvação para todos os que querem ouvir as palavras de Cristo e pô-las em prática. FEC 187 2 Diz o apóstolo: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." A Bíblia é seu próprio expositor. Uma passagem será a chave que descerrará outras passagens, e deste modo haverá luz sobre o significado oculto da Palavra. Comparando diversos textos que tratam do mesmo assunto e examinando sua relação em todo o sentido, tornar-se-á evidente o verdadeiro significado das Escrituras. FEC 187 3 Muitos pensam que precisam consultar comentários sobre as Escrituras para compreenderem o significado da Palavra de Deus, e não queremos tomar a posição de que os comentários não devem ser estudados; mas será necessário muito discernimento para descobrir a verdade de Deus entre a multidão de palavras humanas. Quão pouco tem sido feito pela igreja, como entidade que professa crer na Bíblia, para reunir as jóias esparsas da Palavra de Deus em uma perfeita corrente de verdade! As jóias da verdade não jazem na superfície, como muitos supõem. A mente dominadora na confederação do mal sempre se ocupa em manter a verdade fora do alcance da vista e colocar ante os olhos as opiniões de grandes homens. O adversário está fazendo tudo o que pode para obscurecer a luz do Céu por meio de processos educacionais, pois não quer que os homens ouçam a voz do Senhor, dizendo: "Este é o caminho, andai por ele." FEC 188 1 As jóias da verdade acham-se espalhadas sobre o terreno da revelação; mas têm sido soterradas sob as tradições humanas, sob os dizeres e mandamentos de homens, e a sabedoria do Céu tem sido virtualmente passada por alto; pois Satanás tem sido bem-sucedido em fazer com que o mundo creia que as palavras e realizações humanas são de grande importância. O Senhor Deus, o Criador do Universo, deu o evangelho ao mundo a um preço infinito. Por meio deste agente divino, agradáveis e revigorantes caudais de conforto celestial e consolo permanente têm sido abertos para aqueles que se aproximam da fonte da vida. Ainda há veios de verdade a serem descobertos; mas as coisas espirituais se discernem espiritualmente. As mentes obscurecidas pelo mal não podem apreciar o valor da verdade como é em Jesus. Quando se acaricia a iniqüidade, os homens não sentem a necessidade de fazer esforços diligentes, com oração e reflexão, para compreender o que devem saber, ou perder o Céu. Têm estado há tanto tempo sob a sombra do inimigo, que encaram a verdade como se vêem os objetos através de um vidro enfumaçado e defeituoso; pois todas as coisas são escuras e pervertidas a seus olhos. Sua visão espiritual é débil e indigna de confiança, porque olham para as sombras e se afastam da luz. FEC 188 2 Os que professam crer em Jesus, sempre devem, porém, acercar-se da luz. Cumpre-lhes orar diariamente para que a luz do Espírito Santo incida sobre as páginas do sagrado Livro, a fim de que sejam habilitados a compreender as coisas do Espírito de Deus. Devemos ter implícita confiança na Palavra de Deus, pois do contrário estaremos perdidos. As palavras dos homens, por mais importantes que sejam, não podem tornar-nos perfeitos e perfeitamente habilitados para toda boa obra "Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade." Neste versículo são reveladas as duas instrumentalidades na salvação do homem: a influência divina e a forte e viva fé dos que seguem a Cristo. É mediante a santificação do Espírito e a crença da verdade que nos tornamos cooperadores de Deus. O Senhor espera a cooperação de Sua igreja. Não é Seu desígnio acrescentar outro elemento de eficiência a Sua Palavra; efetuou Sua grande obra dando Sua inspiração ao mundo. O sangue de Jesus, o Espírito Santo, a Palavra divina, são nossos. O objeto de toda esta provisão do Céu está diante de nós: as almas pelas quais Cristo morreu; e compete-nos lançar mão das promessas dadas por Deus e tornar-nos Seus colaboradores; pois as instrumentalidades divinas e humanas devem cooperar nesta obra. FEC 189 1 A razão por que muitos cristãos professos não têm uma experiência clara e bem definida, é que não consideram um privilégio compreender o que Deus declarou por meio de Sua Palavra. Após a ressurreição de Jesus, dois de Seus discípulos dirigiram-se a Emaús, e o Mestre uniu-Se a eles. Mas não reconheceram a seu Senhor, e pensaram que era algum estrangeiro. Todavia, "começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras. Quando se aproximavam da aldeia para onde iam, fez Ele menção de passar adiante. Mas eles O constrangeram, dizendo: Fica conosco, porque é tarde e o dia já declina. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando Ele o pão, abençoou-o, e, tendo-o partido, lhes deu; então se lhes abriram os olhos, e O reconheceram; mas Ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura não nos ardia o coração, quando Ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras? ... Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras". Esta é a obra que podemos esperar que Cristo faça por nós; pois o que o Senhor revelou é para nós e nossos filhos para sempre. FEC 190 1 Jesus sabia que tudo o que se apresentava em desacordo com o que Ele viera revelar ao mundo, era falso e enganoso. Disse, porém: "Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz." Havendo estado nos conselhos de Deus e habitado nas eternas alturas do santuário, todos os elementos da verdade estavam nEle e eram Seus, pois era um com Deus. "Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. Se tratando de coisas terrenas não Me credes, como crereis, se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao Céu, senão Aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem, que está no Céu." "Toda palavra de Deus é pura; Ele é escudo para os que nEle confiam. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso." -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1891. ------------------------Capítulo 25 -- O caráter cristão exemplificado nos professores e estudantes FEC 191 1 Em nome de meu Mestre, insto com os jovens de ambos os sexos que pretendem ser filhos e filhas de Deus, a que obedeçam à Palavra de Deus. Insto com os professores de nossas escolas para que dêem um exemplo correto àqueles com quem se relacionam. Os que desejam estar habilitados para moldar o caráter dos jovens devem aprender na escola de Cristo, a fim de que sejam mansos e humildes de coração, como o foi o Modelo divino. No vestuário, na conduta, em todas as suas maneiras, devem exemplificar o caráter cristão, revelando o fato de que se acham sob as sábias regras disciplinares do grande Mestre. O jovem cristão deve ser diligente, preparado para assumir responsabilidades com espírito corajoso e mãos voluntárias. Deve estar disposto a enfrentar as provas da vida com paciência e fortaleza. Deve procurar formar um caráter de acordo com o Modelo divino, seguindo princípios dignos e firmando-se em hábitos que o habilitem a obter a coroa do vencedor. FEC 191 2 Na vida escolar, os jovens podem lançar sementes que produzirão uma colheita, não de espinhos, mas de precioso grão para o celeiro celestial. Não há tempo mais favorável do que o que é passado na escola para reconhecer o poder da graça salvadora de Cristo, para ser controlado pelos princípios da lei divina, e é do interesse do próprio aluno levar uma vida piedosa. A glória culminante da vida resulta da união com Cristo. Ninguém vive para si mesmo. Vossa vida está entretecida com todas as outras na trama comum da humanidade, e deveis ser cooperadores de Deus para salvação dos que perecem na degradação e miséria. Deveis ser instrumentos para influenciar todos aqueles com quem vos associais a levar uma vida melhor, a dirigir a mente a Jesus. FEC 191 3 João escreve: "Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o maligno." E Paulo exorta Tito a pedir aos jovens que sejam "criteriosos". Elevai vossa alma para ser como Daniel, um leal e firme servo do Senhor dos Exércitos. Ponderai bem a vereda de vossos pés; porque pisais em terra santa, e os anjos de Deus vos estão ao redor. É justo sentirdes que deveis galgar o mais alto lance da escada educacional. A Filosofia e a História são importantes estudos; mas vosso sacrifício de tempo e dinheiro de nada valerá se não empregardes vossas consecuções para a honra de Deus e o bem da humanidade. A menos que o conhecimento de ciência seja um degrau para a obtenção de mais altos objetivos, é sem valor. É inútil a educação que não fornece conhecimento tão duradouro como a eternidade. A não ser que mantenhais o Céu e a vida futura e imortal diante de vós, vossas consecuções não são de valor permanente. Se, porém, Jesus for o vosso mestre, não somente um dia da semana, mas todos os dias, todas as horas, podereis receber a Sua aprovação na busca das consecuções intelectuais. FEC 192 1 Daniel teve sempre presente a glória de Deus, e vós também deveis dizer: Senhor, desejo ter conhecimento, não para a glorificação do próprio eu, mas para corresponder à expectativa de Jesus, a fim de que aperfeiçoe um inteligente caráter cristão, mediante a graça que me foi dada. Serão os estudantes fiéis aos princípios como Daniel? FEC 192 2 No futuro haverá mais premente necessidade de homens e mulheres de habilitações intelectuais do que houve no passado; pois vastos campos se abrem diante de nós, já brancos para a ceifa. Nesses campos podeis ser cooperadores de Deus. Se, porém, sois mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, se estais cheios de leviandade, se permitis que passem as áureas oportunidades sem adquirir conhecimento, sem colocar sólidas vigas no edifício de vosso caráter, sereis apoucados e invalidados em qualquer ramo de trabalho que empreendais. FEC 192 3 Conquanto uma boa educação, se aliada à consagração naquele que a possui, seja grande benefício, os que não têm o privilégio de adquirir elevado grau de cultura intelectual não precisam pensar que não lhes seja possível progredir na vida mental e espiritual. Caso aproveitem da melhor maneira o conhecimento que possuem, se buscarem ajuntar dia a dia qualquer coisa ao seu pecúlio de conhecimentos, e se vencerem toda perversidade de temperamento mediante o atento cultivo de traços cristãos de caráter, Deus lhes abrirá veios de sabedoria, e deles se poderá dizer, como outrora acerca dos filhos dos hebreus: Deus lhes deu sabedoria e entendimento. FEC 193 1 Não é verdade que os mais inteligentes jovens sejam sempre os que mais êxito conseguem. Quantas vezes homens de talento e educação têm sido colocados em posições de confiança, demonstrando-se um fracasso! Seu brilho tinha aparência de ouro, mas, quando provado, mostrou-se apenas ouropel e escória. Fizeram de sua obra um fracasso devido à falta de fidelidade. Não eram industriosos e perseverantes, e não iam ao fundo das coisas. Não estavam dispostos a começar do início da escada, subindo, mediante paciente labor, lance após lance, até chegar ao topo. Caminharam nas faíscas (seus brilhantes lampejos e idéias) que eles mesmos acenderam. Não confiaram na sabedoria que só Deus pode dar. Sua falha não proveio de falta de ensejo, mas de sobriedade. Não sentiram que suas vantagens de educação lhes eram de valor, e assim não avançaram como podiam ter feito no conhecimento de religião e de ciência. Seu espírito e caráter não foram equilibrados por elevados princípios de justiça. FEC 193 2 Sejam nossos jovens criteriosos e considerem as veredas de seus pés. Evitem o pecado por ser destrutivo em suas tendências e desagradável a Deus. Discirnam as possibilidades que se acham ao seu alcance, e busquem a Deus a fim de que lhes conceda graça para manterem-se nas veredas da justiça. Busquem o conselho e a direção do Senhor a fim de que possam dedicar a vida para Sua glória no mundo. FEC 193 3 Ao obter educação, não se deve considerar o êxito como uma questão de casualidade ou destino; ele provém daquele Deus que leu o coração de Daniel, que contemplou com agrado a pureza de seus motivos, a firmeza de seu propósito de honrar ao Senhor. Daniel não caminhou nas faíscas que ele mesmo acendeu, mas fez do Senhor sua sabedoria. A filosofia divina foi a base de sua educação. Recebeu com agrado o conselho do Senhor. Oxalá todos os estudantes fossem como Daniel! Muitos, porém, não notam a importância de submeter-se à disciplina divinal. FEC 194 1 Oxalá todos compreendessem que sem Cristo nada podem fazer! Quem com Ele não ajunta, espalha. Seus pensamentos e ações não possuirão o devido caráter, e sua influência será destruidora do bem. Nossas ações exercem uma dupla influência, pois afetam os outros bem como a nós mesmos. Esta influência será uma bênção ou uma maldição para aqueles com quem nos relacionamos. Quão pouco apreciamos este fato! As ações formam os hábitos, e os hábitos formam o caráter; portanto, se não cuidarmos de nossos hábitos, não estaremos habilitados para unir-nos com os agentes celestiais na obra de salvação, nem preparados para entrar nas mansões celestes que Jesus foi preparar; pois só entrarão aqueles que submeteram sua vontade e propósito à vontade e propósito de Deus. A pessoa cujo caráter foi provado, que suportou a prova, que é participante da natureza divina, estará entre aqueles aos quais Cristo declara bem-aventurados. FEC 194 2 Sem Cristo nada podemos fazer. Os princípios puros de integridade, virtude e bondade procedem todos de Deus. Consciencioso cumprimento do dever, simpatia semelhante à de Cristo, amor pelas almas e amor por vossa própria alma, porque pertenceis a Deus e fostes comprados com o precioso sangue de Cristo, tornar-vos-ão cooperadores de Deus e dotar-vos-ão de poder persuasivo e atraente. Tendes de respeitar vossa própria fé a fim de apresentá-la com êxito a outros. Tanto por exemplo como por preceito, deveis demonstrar que reverenciais vossa fé, falando reverentemente de coisas sagradas. Nunca permitais que escape de vossos lábios uma expressão de leviandade e frivolidade quando citais as Escrituras. Ao tomar a Bíblia nas mãos, lembrai-vos de que estais sobre terra santa. Há anjos ao vosso redor, que poderíeis ver se fossem abertos os vossos olhos. Seja vossa conduta de molde a deixardes sobre cada alma com que vos relacioneis a impressão de que estais rodeados de uma atmosfera pura e santa. Uma palavra vã, uma risada frívola, podem impelir uma alma na direção errada. Terríveis são as conseqüências de não ter constante ligação com Deus. FEC 195 1 Abstende-vos de todo mal. Os pecados comuns, por mais insignificantes que sejam considerados, prejudicarão vosso senso moral e apagarão a impressão interna do Espírito de Deus. O caráter dos pensamentos deixa o seu cunho na alma, e toda conversação abjeta corrompe o entendimento. Todo mal promove a ruína dos que o cometem. Deus pode perdoar o pecador arrependido e o fará; mas, embora seja perdoado, sua alma é prejudicada; é destruída a faculdade do pensamento elevado, que é própria da mente não enfraquecida. As cicatrizes sempre permanecem na alma. Busquemos, portanto, a fé que atua pelo amor e purifica o coração, a fim de que representemos o caráter de Cristo perante o mundo. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1891. ------------------------Capítulo 26 -- O mundo não conheceu a Deus por sua própria sabedoria FEC 196 1 A verdade de Deus é infinita, suscetível a incomensurável expansão, e quanto mais a contemplamos, tanto mais aparecerá a sua glória. A verdade tem sido exposta diante de nós, e, no entanto, aplicam-se a nós as palavras de Paulo aos Gálatas: "Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais agora vos aperfeiçoando na carne? Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se na verdade foram em vão." FEC 196 2 "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." Os que procuram levar avante a obra em sua própria força, certamente irão fracassar. Por si mesma, a educação não prepara o homem para ocupar um lugar na obra, nem o habilita para obter conhecimento de Deus. Escutai o que Paulo tem a dizer sobre este assunto: "Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo. Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Onde está o sábio? onde o escriba? onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação." FEC 196 3 Através de sucessivos séculos de trevas, na meia-noite do paganismo, Deus permitiu que os homens experimentassem encontrá-Lo por sua própria sabedoria, não para demonstrar a Seu contento a incapacidade deles, mas para que os próprios homens vissem que não podem obter conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, Seu Filho, sem a revelação de Sua Palavra pelo Espírito Santo. Quando Cristo veio ao mundo, a experiência havia sido realizada cabalmente, e o resultado evidenciou que o mundo não conheceu a Deus por sua própria sabedoria. Até mesmo na igreja Deus tem permitido que os homens ponham à prova sua sabedoria nesta questão; mas quando é causada uma crise devido à falibilidade humana, Deus tem defendido poderosamente o Seu povo. Quando a igreja esteve em condições precárias, quando Seu povo passou por provações e opressão, Ele exaltou-os sobremaneira por notáveis livramentos. Quando surgiram entre o povo mestres infiéis, houve debilidade, e a fé do povo de Deus parecia desvanecer-se; mas Deus Se levantou e limpou a Sua eira, e os provados e fiéis foram enaltecidos. FEC 197 1 Há ocasiões em que a apostasia penetra nas fileiras, em que a piedade é eliminada do coração pelos que deviam ter acompanhado os passos de seu Guia divino. O povo de Deus separa-se da fonte de sua força, e o resultado é orgulho, vaidade, extravagância e ostentação. Há ídolos no interior e no exterior; mas Deus envia o Consolador como reprovador do pecado, para que Seu povo seja advertido de sua apostasia e censurado por sua deserção da fé. Quando as mais preciosas manifestações de Seu amor forem prazerosamente reconhecidas e apreciadas, o Senhor verterá o bálsamo de conforto e o óleo de alegria. FEC 197 2 Quando os homens são levados a compreender que suas estimativas humanas são muito deficientes, e se convencem de que sua sabedoria não passa de loucura, então é que se volvem para o Senhor a fim de O buscarem de todo o coração, para que possam achá-Lo. FEC 197 3 Foi-me mostrado que toda igreja entre nós necessita das profundas atuações do Espírito de Deus. Oh! haveríamos de dirigir os homens para a cruz do Calvário. Recomendaríamos que olhassem para Aquele que foi traspassado por seus pecados. Recomendaríamos que contemplassem o Redentor do mundo sofrendo a penalidade da transgressão da lei de Deus por eles. O veredicto é: "A alma que pecar, essa morrerá." Mas na cruz o pecador vê o Unigênito do Pai morrendo em seu lugar e dando vida ao transgressor. Todos os seres na Terra e no Céu são convidados a ver que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus. Todo pecador pode olhar e viver. Não observeis a cena do Calvário de maneira descuidada e irrefletida. Dar-se-á o caso de que os anjos, ao olharem para nós, os recipientes do amor de Deus, notem que somos frios, indiferentes e insensíveis, quando o Céu contempla com assombro a estupenda obra de redenção para salvar um mundo caído, e deseja devassar o mistério do amor e da aflição do Calvário? Os anjos olham com admiração e assombro para aqueles em cujo favor foi provida tão grande salvação, e se admiram de que o amor de Deus não os desperte, incentivando-os a emitir melodiosos acordes de gratidão e adoração. Mas o resultado que todo o Céu almeja contemplar não é visto entre os que professam ser seguidores de Cristo. Com que facilidade proferimos palavras afetuosas acerca de nossos amigos e parentes; e, no entanto, como somos remissos em falar dAquele cujo amor não tem paralelo, manifestado em Cristo crucificado entre vós! FEC 198 1 O amor de nosso Pai celestial na dádiva de Seu Filho unigênito ao mundo é suficiente para inspirar toda alma, para abrandar todo coração duro e insensível e para produzir contrição e ternura. Será que os seres celestiais contemplarão, porém, naqueles por quem Cristo morreu, insensibilidade a Seu amor, dureza de coração e nenhuma manifestação de gratidão e afeto ao Doador de todas as boas coisas? Deverão questões de menor importância absorver toda a energia do ser, sem que o amor de Deus receba alguma retribuição? Brilhará o Sol da Justiça inutilmente? Em vista do que Deus tem feito, pode ter menos reivindicações a vosso respeito? Temos um coração que possa ser tocado e enternecido pelo amor divino? Estamos dispostos a ser vasos escolhidos? Acaso não somos vigiados por Deus, e não nos ordenou Ele que difundamos Sua mensagem de luz? Necessitamos de um acréscimo de fé. Precisamos esperar, precisamos vigiar, orar e trabalhar, suplicando que o Espírito Santo seja derramado abundantemente sobre nós, para que sejamos luzes no mundo. FEC 199 1 Jesus olhou com infinita compaixão para o mundo em sua condição degradada. Assumiu a forma humana para que pudesse pôr-Se em contato com a humanidade e elevá-la. Veio buscar e salvar o perdido. Atingiu a maior profundeza da miséria e aflição humana, a fim de tomar o homem do modo como o encontrou, um ser manchado pela corrupção, degradado pelo vício, depravado pelo pecado e unido a Satanás na apostasia, e elevá-lo a um lugar no Seu trono. Escreveu-se, porém, a Seu respeito que "não falhará nem será quebrantado", e Ele foi avante na senda da abnegação e da renúncia a Si mesmo, dando-nos o exemplo, para que sigamos as Suas pegadas. Devemos trabalhar como Jesus, renegando a nossa própria vontade, afastando-nos das seduções de Satanás, desprezando a comodidade e aborrecendo o egoísmo, a fim de salvar e buscar o perdido, conduzindo almas das trevas para a luz, para o brilho do amor de Deus. Fomos encarregados de ir e pregar o evangelho a toda criatura. Devemos transmitir aos perdidos as boas novas de que Cristo pode perdoar o pecado, renovar a natureza, revestir a alma das vestes de Sua justiça, pôr o pecador em conformidade com os Seus planos, e ensiná-lo e habilitá-lo a ser cooperador de Deus. FEC 199 2 A alma convertida vive em Cristo. Dissipam-se as suas trevas, e brilha nessa alma nova luz celestial. "O que ganha almas é sábio." "Os que forem sábios, pois, resplandecerão, como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas sempre e eternamente." O que é efetuado mediante a cooperação dos homens com Deus é uma obra que jamais perecerá, mas subsistirá pelos séculos eternos. Aquele que faz de Deus sua sabedoria, que cresce à medida da estatura completa de Cristo Jesus, será posto perante reis e diante dos chamados grandes homens do mundo, e proclamará as virtudes dAquele que o chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Ciência e literatura não podem introduzir no obscurecido entendimento humano a luz que o glorioso evangelho do Filho de Deus pode transmitir. Só o Filho de Deus pode realizar a grandiosa obra de iluminar a alma. Não admira que Paulo exclame: "Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê." O evangelho de Cristo confere personalidade àqueles que crêem, tornando-os epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Deste modo é comunicado à multidão o fermento da piedade. Os seres celestiais conseguem discernir os verdadeiros elementos de grandeza de caráter; pois somente a bondade é considerada eficiência à vista de Deus. FEC 200 1 "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." Nossa fé, nosso exemplo precisam ser considerados mais sagrados do que no passado. A Palavra de Deus deve ser estudada como nunca dantes; pois é a preciosa oferenda que temos de apresentar aos homens a fim de que aprendam o caminho da paz e obtenham a vida que se mede com a vida de Deus. A sabedoria humana, tão exaltada entre os homens, é reduzida à insignificância diante da sabedoria que aponta o caminho preparado para nele andarem os remidos do Senhor. Unicamente a Bíblia proporciona os meios para distinguir a vereda da vida do caminho largo que conduz à perdição e à morte. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1891. ------------------------Capítulo 27 -- A relação da educação para com a obra de Deus FEC 201 1 "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. O ceifeiro recebe... a recompensa e entesoura o seu fruto para vida eterna; e, destarte se alegram, tanto o semeador como o ceifeiro." FEC 201 2 Há grande escassez de trabalhadores para ir aos campos missionários, dotados do verdadeiro espírito missionário, prontos a difundir a luz da verdade no meio das trevas morais do mundo. Os inimigos de Deus tramam diariamente a supressão da verdade e a escravização das almas humanas. Estão procurando exaltar o falso sábado e, prendendo os homens no erro, adensar as trevas que cobrem a Terra e a escuridão que cobre os povos. Em tal tempo como este, os que conhecem a verdade manter-se-ão inativos, permitindo que prevaleçam os poderes das trevas? Não deveriam os que crêem na verdade para este tempo estar bem despertos e labutar com uma energia compatível com a profissão de sua fé? Não deveriam os que compreendem a verdade de Deus sacrificar-se ao máximo a fim de ganhar almas para Cristo e prestar obediência à lei de Deus? Vai alto o dia, vem chegando a noite, e é necessário trabalhar enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Em tal tempo como este, só deveríamos ter este objetivo em vista: empregar todos os meios providos por Deus para implantar a verdade nos corações humanos. É com esta finalidade que a Palavra de Deus foi transmitida ao mundo, para que governe a vida e transforme o caráter. Compete a todo seguidor de Cristo esforçar-se ao máximo para difundir o conhecimento da verdade. Cristo incumbiu Seus discípulos de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a todas as nações. FEC 202 1 Diante da grandiosa tarefa de iluminar o mundo, os que cremos na verdade devemos sentir a necessidade de educação completa nos diversos ramos do conhecimento prático, e especialmente a nossa necessidade de educação nas verdades das Escrituras. Erros de toda a espécie são agora enaltecidos como sendo verdade, e é nosso dever examinar diligentemente a Palavra Sagrada, para que saibamos o que é a verdade e possamos apresentá-la inteligentemente a outros. Seremos convidados a tornar conhecidas as razões de nossa fé. Havemos de comparecer diante de magistrados para responder por nossa lealdade à lei de Deus. O Senhor nos chamou para fora do mundo a fim de que sejamos testemunhas de Sua verdade; e em todas as nossas fileiras, jovens de ambos os sexos devem ser preparados para posições de utilidade e influência. Pertence-lhes o privilégio de tornarem-se missionários para Deus; mas não podem ser simples novatos na educação e no conhecimento da Palavra de Deus, e colocar-se à altura da sagrada obra que lhes foi designada. Em todos os países a falta de educação entre nossos obreiros é dolorosamente manifesta. Compreendemos que a educação não somente é necessária para o adequado cumprimento dos deveres da vida doméstica, mas também para o êxito em todos os ramos de utilidade. FEC 202 2 Em vista da necessidade de educação para a obra de Deus e para o cabal desempenho das diversas responsabilidades da vida, quão gratos devemos ser pelo fato de estar prestes a ser inaugurada em Melbourne uma escola sob a direção de fervorosos crentes na verdade para este tempo! Para o êxito deste novo empreendimento, para o benefício que ele trará a vós e a vossos filhos, disponham-se agora calorosamente todos os nossos irmãos e irmãs a cooperar com os que vieram assumir a responsabilidade da obra. Professores têm vindo até vós da América, no temor e amor de Deus, não sem sacrifício, a fim de ajudar-vos em vossos esforços para erguer o estandarte da verdade entre o povo. Eles desejam ensinar os jovens a compreender a Palavra de Deus, para que vossos filhos sejam capazes de abrir as Escrituras a outros. Compete agora aos que já foram iluminados pela verdade nestas colônias cooperar com os esforços de seus irmãos norte-americanos, sabendo que em Cristo todos os preconceitos raciais, todas as distinções nacionais são postos de lado, e todos somos irmãos, empenhados na obra de levar avante o reino do Redentor. Todos somos um em Cristo, e devemos unir-nos cordialmente no esforço de educar e preparar de tal maneira um exército de moços e moças que sejam cristãos coerentes, bem equilibrados, capazes de compreender e explicar as Escrituras. A pureza, a fé, o zelo e a firmeza de caráter dos que saem a trabalhar para o Senhor devem ser tão evidentes que os outros vejam as suas boas obras e sejam levados a glorificar a nosso Pai que está no Céu. Se nossa profissão de fé é amparada por sincera piedade, será um instrumento para o bem; pois desse modo almas serão influenciadas a anuir às condições de salvação. É desígnio de Deus que Sua graça se manifeste no crente, para que por meio do caráter semelhante ao de Cristo, dos membros individuais, a igreja possa tornar-se a luz do mundo. FEC 203 1 Façam os pais todo esforço possível para enviar seus filhos à escola que logo será inaugurada em Melbourne; pois poderá ser que deste modo alguns membros de vossa própria família sejam habilitados pelo Senhor a tornarem-se obreiros em Sua causa. Há muitas vagas para missionários na Austrália, Nova Zelândia e as ilhas do mar. E não será possível prover obreiros da América para preencher todas essas numerosas vagas. É necessário educar obreiros nesses campos que possam assumir a obra e partir como portadores de luz para as tenebrosas regiões dessas terras. Não são muitos os que podem ir para a América a fim de obter uma educação; e mesmo que pudessem ir, talvez não fosse o melhor para eles ou para o avanço da obra. O Senhor deseja que se estabeleçam escolas neste país para educar obreiros, para dar cunho à obra da verdade presente nestes novos campos e para despertar o interesse dos descrentes. Ele quer que estabeleçais um centro educacional em vosso próprio país, onde estudantes promissores sejam educados em ramos de trabalho prático e nas verdades da Bíblia, a fim de se prepararem para labutar nessas terras, libertando almas da servidão de Satanás. Poderão vir professores da América até a obra estar bem estabelecida, formando-se deste modo um novo laço de união entre a América e a Austrália, a Nova Zelândia e as ilhas do mar. FEC 204 1 Há nestes países jovens a quem Deus dotou graciosamente de habilidade mental; mas, para que realizem o seu melhor, suas faculdades precisam ser orientadas corretamente. Eles devem usar os talentos dados por Deus para a obtenção de elevada cultura, tornando-se obreiros que não têm de que se envergonhar, que manejam bem a palavra da verdade, sábios para salvação. Este talento precisa ser desenvolvido, e visto que está para ser estabelecida aqui uma escola, certamente não é prudente fazer tantas despesas para enviar alunos à América. A obra deve ser efetuada aqui mesmo. Isto aqui é um campo missionário, e todo indivíduo que é considerado digno da educação que pode ser proporcionada por nossas escolas norte-americanas, deve obter uma educação neste próprio local de suas futuras labutas. Os que têm capacidade podem ser preparados aqui mesmo, a fim de que ponham seu conhecimento em prática na primeira oportunidade possível e se tornem instrumentos nas mãos do Senhor para a disseminação da luz e da verdade. FEC 204 2 Mesmo que não pesasse, porém, sobre vós nenhuma destas responsabilidades, mesmo que não houvesse campos missionários a serem penetrados, ainda seria necessário educar os nossos filhos. Seja qual for o trabalho que os pais considerem apropriado para os seus filhos, quer desejem que eles se tornem industriais, agricultores, mecânicos, ou que adotem alguma outra carreira profissional, tirariam grande proveito da disciplina de um curso de estudos. Vossos filhos devem ter a oportunidade de estudar a Bíblia na escola. Precisam estar cabalmente providos das razões de nossa fé, a fim de compreender as Escrituras por si mesmos. Por meio da compreensão das verdades da Bíblia, estarão melhor habilitados a ocupar posições de responsabilidade. Serão fortalecidos contra as tentações que irão assediá-los por todos os lados. Se estiverem, porém, completamente instruídos e consagrados, poderão ser chamados, como Daniel, a ocupar importantes responsabilidades. Daniel foi um fiel estadista nas cortes de Babilônia; pois temia e amava a Deus, e confiava nEle; e em tempos de tentação e perigo foi preservado pelo poder divino. Lemos que Deus deu sabedoria a Daniel e dotou-o de entendimento. FEC 205 1 Os que obtêm conhecimento da vontade de Deus e praticam os ensinos de Sua Palavra, serão achados fiéis em qualquer posição de responsabilidade em que forem colocados. Considerai isto, pais, e colocai os vossos filhos onde serão educados nos princípios da verdade, onde será feito todo esforço possível para ajudá-los a manter sua consagração, se já estiverem convertidos, ou para influenciá-los a tornarem-se filhos de Deus, se ainda não são convertidos, habilitando-os deste modo a sair a conquistar outros para a verdade. FEC 205 2 Avaliem os que têm o amor da verdade no coração, o valor de uma alma por quem Cristo morreu, à luz refletida da cruz do Calvário. Muitos há que se sentem impelidos pelo Espírito de Deus a ir para a vinha do Senhor. Almejam buscar e salvar o perdido. Em razão, porém, da falta de conhecimento e disciplina, não se acham preparados para empreender a obra de elevar e enobrecer os semelhantes. Os que ensinam a outros também precisam de instrução. Necessitam aprender como lidar com a mente humana. Devem tornar-se cooperadores de Cristo, aproveitando toda oportunidade para comunicar aos homens o conhecimento de Deus. A fim de ser instrumentos de Deus na obra de elevar a mente humana do que é terreno e sensual para o que é espiritual e divino, os obreiros precisam ser educados e preparados. Tornando-se alunos, compreenderão melhor como instruir a outros. Devem adquirir disciplina mental, pondo em atividade as capacidades que lhes foram dadas por Deus, dedicando-se de todo o coração e mente à tarefa de adquirir conhecimento. Tendo em vista a glória de Deus, devem pôr toda a energia no trabalho, aprendendo tudo o que podem e tornando-se entendidos, para que possam comunicar conhecimento a outros. FEC 206 1 Há uma grande obra a ser realizada nestes países; e o amor de Cristo e o amor às almas pelas quais Ele morreu devem constranger-nos a envidar todos os esforços possíveis para buscar e salvar o perdido. Levantem-se todos como fiéis soldados de Cristo para trabalhar por vossos irmãos e com eles, para que a obra seja bem-sucedida em vossas mãos. Lembrem-se todos os que se alistam neste empreendimento muito necessário, que a escola não é estabelecida meramente para o nosso próprio benefício e de nossos filhos; mas para que seja transmitido o conhecimento da verdade, e almas que perecem sejam salvas no reino eterno. Apeguem-se todos a essa obra, resolvidos a não falhar nem ficar desalentados, e o Senhor operará maravilhas entre nós. Se neste tempo deixarmos de fazer decididos esforços para ampliar e enaltecer a obra, e recuarmos porque as questões não são conduzidas segundo nossas próprias idéias, o Senhor certamente nos porá de lado e escolherá outros instrumentos que empreendam Sua obra segundo a Sua vontade, e sigam as orientações de Seu Espírito. Oxalá todos cumprissem o seu dever, para que nossa influência se unisse a fim de levar avante a causa de Deus! FEC 206 2 O olhar de Deus paira sobre estas terras; pois Ele quer erguer o Seu estandarte e desfraldar a Sua bandeira. Aqui neste solo missionário, Ele quer ver almas ganhas para Jesus Cristo. Deus quer que todo aquele que professa ser cristão seja um verdadeiro missionário, pronto a colocar-se em linha a fim de realizar sua obra individual no local em que reside, e que todos se unam num esforço sistemático. Deseja que os homens esqueçam suas próprias noções e preconceitos, que só trazem trevas e dúvidas para sua alma, e empenhem-se na obra em favor dos que se acham prestes a perecer. Ele quer que compreendam que ninguém vive para si mesmo. É mediante a negligência do esforço altruísta em favor dos outros que muitos se tornaram apoucados e incapacitados em sua experiência religiosa. Alguns que se encontram na retaguarda poderiam estar bem adiantados no conhecimento de Deus, se não se houvessem apartado de seus irmãos, afastando-se da associação com os crentes que não labutavam de acordo com suas idéias restritas. Oh! se tais estorva-dores perdessem de vista a si mesmos e se interessassem pela salvação de almas, seriam olvidadas suas insignificantes divergências e não existiria a alienação de seus irmãos. Se, ao se reunirem, eles não falassem a respeito das coisas em que vêem objeções, mas como que cerrassem a boca com um freio, e buscassem o Senhor com fervente oração para que repousasse sobre eles o Espírito Santo, a fim de que sintam responsabilidade para com as almas pelas quais Cristo morreu, veriam dissipar-se as trevas, e penetrariam em sua alma a luz e a esperança. Desapareceria a presunção, e tornar-se-iam dóceis como crianças. A obstinação se desvaneceria pela contemplação do amor de Deus, e seu coração fulgiria pelo contato com uma brasa tirada do altar. Seria banida a tristeza, e a alegria tomaria o seu lugar; pois o infinito amor e a bondade de Deus seriam o assunto de seu testemunho. FEC 207 1 Os que desejam ser vencedores precisam negar a si mesmos; e a única coisa que efetuará esta grandiosa obra é interessar-se vivamente pela salvação dos outros. Isto não significa que deveis converter os homens para a vossa maneira de agir ou compeli-los a ver as coisas sob o mesmo aspecto que vós; mas deveis procurar apresentar a verdade como ela é em Jesus, e labutando para ser uma bênção aos outros, sereis abundantemente abençoados por Deus. O fato de terdes feito e estardes fazendo algo para estender as fronteiras do reino de Deus, libertando pobres almas do jugo de superstição e erro da parte de Satanás, trará regozijo ao coração e expandirá vossas idéias e planos. Ao identificardes vossos interesses com os de Cristo, santificareis para Deus vosso talento de habilidade, influência e recursos. Alguns de vós considerarão um privilégio deixar os seus lares a fim de labutar nas ilhas do mar e libertar almas da escravidão do pecado e do erro. À medida que obtiverdes nova e mais profunda experiência, aprendereis o que é orar no Espírito Santo; e serão recuperados os que se afastaram de Deus, e haverá mais anseio de aprender de Jesus a ser manso e humilde de coração, do que de apontar para as faltas e os erros de vossos irmãos; pois aceitais pela fé a Cristo como vosso Salvador pessoal. Não vos reunireis então para expor vossas dúvidas e temores. Tereis algo melhor sobre que falar, pois vosso coração se expandirá, tendo a paz de Cristo que excede todo entendimento. Esta é a experiência que Deus deseja que desfruteis neste país. FEC 208 1 Para alcançar, porém, tal experiência, é mister tomar algumas medidas definidas. Os métodos e planos para a realização da obra devem estar de acordo com a ordem do Senhor, e não com as vossas idéias particulares; destarte os resultados compensarão sobejamente o dispêndio de recursos. O esforço missionário tornar-se-á mais geral, e o exemplo de um obreiro zeloso, labutando na direção certa, influirá sobre outros, que também sairão a pregar o evangelho. O espírito missionário se estenderá de família em família, e os irmãos terão algo mais interessante sobre que falar do que os seus ressentimentos. Interessar-se-ão em revelar as gemas da verdade contidas na Bíblia, e serão estabelecidas igrejas, erigidas casas de culto, e muitos virão em auxílio do Senhor. Os irmãos estarão unidos pelos laços do amor, e dar-se-ão conta de sua união com cristãos experientes em todas as partes do mundo, visto que são um em seus planos, um no objetivo de seus interesses. Um passo para a frente dado pelos que se acham à dianteira da obra será sentido pelos que residem neste país e em todas as nações, e os que estão em países estrangeiros corresponderão ao esforço feito no centro da obra, seguindo nosso grande Líder; e assim, por meio da conversão de almas para a verdade, ascenderá um caudal de louvor Àquele que está assentado sobre o trono. FEC 209 2 A obra missionária na Austrália e na Nova Zelândia ainda está na fase inicial; mas deve ser realizada na Austrália, Nova Zelândia, África, Índia, China e nas ilhas do mar a mesma obra que tem sido efetuada no campo nacional. Sob o apropriado símbolo de um anjo voando pelo meio do céu é representada a obra do povo de Deus. Nesta obra os seres celestiais cooperam com os instrumentos humanos para estender a última mensagem aos habitantes do mundo. Os planos e a obra dos homens não estão, porém, acompanhando o passo da Providência divina; pois, embora alguns nesses países, que pretendem crer na verdade, declarem por sua atitude: "Não queremos o Teu caminho, ó Senhor, mas o nosso próprio caminho", há muitos que estão pleiteando com Deus para que compreendam o que é a verdade. Em lugares secretos, estão chorando e orando a fim de que vejam a luz nas Escrituras; e o Senhor do Céu encarregou Seus anjos de cooperar com os instrumentos humanos em levar avante Seu amplo desígnio, para que todos os que anseiam luz possam contemplar a glória de Deus. Devemos seguir o caminho aberto pela Providência divina; e, à medida que formos avançando, notaremos que o Céu entrou em ação diante de nós, ampliando o campo de labuta muito além das dimensões de nossos recursos e capacidades. A grande necessidade do campo aberto diante de nós deve apelar a todos aqueles aos quais Deus confiou talentos de recursos ou capacidade, para que dediquem a Deus a si mesmos e tudo o que possuem. Devemos ser mordomos fiéis, não só de nossos recursos, mas também da graça que nos foi dada, a fim de que muitas almas sejam colocadas sob o estandarte ensangüentado do Príncipe Emanuel. Os propósitos e objetivos a serem alcançados por missionários consagrados são muito amplos. O campo de atividade missionária não é restringido por castas ou nacionalidades. O campo é o mundo, e a luz da verdade deve ir a todos os lugares escuros da Terra num tempo muito mais curto do que muitos julgam possível. FEC 209 1 Deus tenciona pôr em operação certas instrumentalidades em vosso próprio país para ajudar nessa grande obra de iluminar o mundo. Pretende empregar a vós e vossos filhos como soldados que desempenhem uma parte nesta luta agressiva contra os poderes das trevas, e certamente não ireis desprezar a bênção de Deus e considerar levianamente o privilégio que vos é estendido! Ele quer que vos empenheis no conflito, batalhando juntos para Sua glória, não ambicionando a supremacia, não procurando exaltar a vós mesmos rebaixando os outros. Quer dotar-vos do verdadeiro espírito missionário, que eleva, purifica e enobrece tudo aquilo com que se põe em contato, tornando puros, bons e nobres todos quantos se colocam voluntariamente sob a sua influência; pois todo agente que coopera com os seres celestiais será dotado de poder do alto e representará o caráter de Cristo. O espírito missionário nos habilita a apreciar melhor as palavras da Oração do Senhor, quando Ele nos ordena orar: "Venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu." O espírito missionário amplia nossos pensamentos e nos coloca em união com todos os que têm compreensão da expansiva influência do Espírito Santo. FEC 210 1 Deus quer dissipar as nuvens que se acumularam ao redor das almas nestas colônias e unir todos os nossos irmãos em Cristo Jesus. Deseja que estejamos ligados pelos laços do companheirismo cristão, cheios de amor pelas almas por quem Cristo morreu. Disse Ele: "O Meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos amei." Quer que estejamos unidos no coração e nos planos para realizar a grande obra a nós confiada. Os irmãos devem pôr-se ombro a ombro, unindo suas orações junto ao trono da graça, para que consigam mover o braço do Onipotente. O Céu e a Terra estarão então intimamente ligados na obra, e haverá alegria e júbilo na presença dos anjos de Deus, quando é encontrada e restaurada a ovelha perdida. FEC 210 2 O Espírito Santo, que abranda e enternece o coração humano, incentivará a fazer as obras de Cristo. Eles atenderão à injunção: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos Céus que nunca acabe." Cristo a Si mesmo Se deu por nós, e requer-se que Seus seguidores a si mesmos se dêem para Ele, com seus talentos de recursos e capacidades. Que mais o Senhor poderia ter feito pelo homem além daquilo que Ele fez? E não Lhe entregaremos tudo o que temos e somos, praticando sacrifício e abnegação pessoal? Se somos discípulos de Cristo, isto será manifesto ao mundo, por nosso amor àqueles pelos quais Ele morreu. FEC 211 1 Foi mediante o espírito de amor que o evangelho chegou até vós e a todos os homens que têm conhecimento de Deus. Requer-se de nós que não somente admiremos os homens a quem Deus tem usado e que almejemos ter tais homens agora, mas também que nos sujeitemos a ser usados por Deus como Seus instrumentos humanos. Foi o Seu Espírito que inspirou seus esforços, e Ele pode outorgar abundantemente a Seus obreiros hoje a mesma coragem, zelo, fervor e dedicação. Foi Jesus que deu a esses homens graça, poder, fortaleza e perseverança, e está disposto a fazer o mesmo com todos os que desejam ser verdadeiros missionários. FEC 211 2 Deus começou a trabalhar neste país, e a igreja deve unir-se com os seres celestiais, manifestando santa atividade, e, pelo exercício de suas faculdades, tornarem-se mais eficientes para salvar almas e glorificar a Deus. Nós que temos visto a luz da verdade somos convidados a promover o seu avanço, a despertar para a grande responsabilidade da obra missionária a ser realizada em nossas fronteiras; e é o dever de toda alma cooperar com os que desejam levar avante a obra. Procurem todos puxar com Cristo com cordas eqüitativas. Ocultemos nossa vontade na vontade de Deus, para que cessem todas as desavenças, a fim de que o caráter de Cristo seja representado por meio de bondade, paciência, abnegação, mansidão, humildade e amor. Unam-se todos cordialmente a fim de fazer o máximo que estiver ao seu alcance para apoiar a escola que agora está para ser estabelecida; pois nas mãos de Deus ela poderá ser o meio de educar obreiros para difundir a luz da verdade sobre o povo. Quem se colocará do lado do Senhor? Quem quer ver agora a obra a ser efetuada, e realizá-la? -- Supplement to The Bible Echo, 1° de setembro de 1892. ------------------------Capítulo 28 -- A necessidade de obreiros preparados FEC 212 1 Tenho estado profundamente interessada no relato de uma experiência recente do Pastor Daniells, o qual, no trajeto de Melbourne para Adelaide, deteve-se numa cidade chamada Nhill, a fim de visitar alguns jovens que têm enviado pedidos de nossas revistas e livros ao escritório do Echo. Ele encontrou ali um jovem chamado Hansen -- dinamarquês, que deparou casualmente com o Echo numa biblioteca pública, e tornou-se atento leitor da revista. Os assuntos da verdade apresentados nas colunas da revista encontraram guarida em seu coração, e ele começou a falar sobre eles para um amigo no hotel em que trabalhava. Este homem -- o Sr. Williams -- também ficou interessado, e eles enviaram pedidos de outras publicações, tornando-se assinantes regulares da revista. O Pastor Daniells achou-os ansiosos de obter melhor conhecimento da verdade. Sobre a mesa do Sr. Williams achava-se a obra Thoughts on Daniel and the Revelation e diversos outros livros publicados por nosso povo. Eles tinham visto só um homem que pertencia a nossa fé. Compraram do Pastor Daniells três exemplares do livro Caminho a Cristo -- um para cada um deles e outro para ser dado a um ministro. O Pastor Daniells ficou contente com a visita, e animado pela palestra que manteve com esses pesquisadores da verdade. FEC 212 2 Esses homens haviam estudado a verdade proveniente da página impressa e da Bíblia, e tinham aceito todos os pontos doutrinários na medida em que conseguiam compreendê-los sem a ajuda do pregador vivo. Uma grande obra prossegue silenciosamente por intermédio da distribuição de nossas publicações; mas quanto bem poderia ser realizado se alguns de nossos irmãos e irmãs da América do Norte viessem para estas colônias, como fruticultores, lavradores ou comerciantes, procurando, no temor e amor de Deus, conquistar almas para a verdade! Se tais famílias fossem consagradas a Deus, Ele as usaria como Seus instrumentos. Os pastores têm seu lugar e sua obra, mas há muitos que não podem ser alcançados por eles; tais pessoas poderiam ser alcançadas por famílias que lhes fariam visitas, procurando inculcar a verdade para estes últimos dias. Em suas relações domésticas ou comerciais, poderiam pôr-se em contato com uma classe inacessível ao pastor, revelar para eles os tesouros da verdade e transmitir-lhes o conhecimento da salvação. Ao todo, muito pouco se tem feito neste setor da obra missionária, pois o campo é vasto e muitos obreiros poderiam labutar com êxito neste setor de atividade. Se os que receberam o conhecimento da verdade compreendessem a necessidade de estudar as Escrituras por si mesmos, se sentissem o peso da responsabilidade que recai sobre eles, como fiéis despenseiros da graça de Deus, teriam comunicado a luz a muitos que se acham em trevas, e quão grande teria sido a colheita de almas para o Mestre! Se cada um avaliasse a responsabilidade que tem diante de Deus por sua influência pessoal, de maneira alguma seria um ocioso, mas cultivaria suas aptidões e exercitaria cada faculdade, a fim de poder servir Àquele que o comprou com o próprio sangue. FEC 213 1 Os jovens, especialmente, devem sentir que lhes cumpre exercitar a mente, e aproveitar toda oportunidade de se tornarem inteligentes, para oferecerem serviço aceitável Àquele que por eles deu Sua preciosa vida. E ninguém cometa o erro de se considerar tão bem educado que não tenha mais necessidade de estudar livros ou a Natureza. Aproveite cada um toda ocasião com que, na providência de Deus, ele é favorecido, para adquirir tudo quanto é possível na revelação ou no conhecimento. Devemos aprender a estimar devidamente as faculdades com que Deus nos dotou. Se um jovem tem de começar no primeiro lance da escada, não se deve desanimar, mas assentar subir lance após lance, até ouvir a voz de Cristo dizendo: "Filho, vem mais para cima. Bem está, bom e fiel servo: sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor." FEC 214 1 Temos de comparar nosso caráter com a infalível norma da lei de Deus. A fim de fazer isto, precisamos examinar as Escrituras, avaliando nossas consecuções pela Palavra de Deus. Por meio da graça de Cristo são possíveis as mais altas consecuções no caráter, pois toda alma que é posta sob a influência modeladora do Espírito de Deus pode ser transformada no intelecto e no coração. Para compreender vossa condição, é necessário estudar a Bíblia e vigiar em oração. Diz o apóstolo: "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados." Não permaneçam os ignorantes no estado em que se encontram. Eles não podem permanecer em ignorância e corresponder ao desígnio de Deus. Devem olhar para a cruz do Calvário e avaliar a alma pelo valor do sacrifício feito ali. Jesus diz a todos os crentes: "Vós sois as Minhas testemunhas." "Vós sois cooperadores de Deus." Diante deste fato, quão diligentemente cada um deve esforçar-se por utilizar toda faculdade para aproveitar todas as oportunidades de tornar-se eficiente, a fim de que não seja vagaroso no cuidado, mas fervoroso de espírito, servindo ao Senhor! FEC 214 2 Todo talento dado aos homens deve ser desenvolvido a fim de que aumente de valor, e todo melhoramento deve ser restituído a Deus. Se sois deficientes nas maneiras, na voz, na educação, não necessitais permanecer sempre nesta condição. Deveis esforçar-vos continuamente por atingir uma norma mais elevada tanto na educação como na experiência religiosa, para que vos torneis mestres de boas coisas. Como servos do grande Rei, deveis compreender individualmente que tendes a obrigação de aperfeiçoar-vos pela observação, pelo estudo e pela comunhão com Deus. A Palavra de Deus é poderosa para vos tornar sábios, para guiar-vos e para tornar-vos perfeitos em Cristo. O bendito Salvador é um modelo irrepreensível a ser imitado por todos os Seus seguidores. É privilégio dos filhos de Deus compreender as coisas espirituais, e serem capazes de administrar sabiamente o que é confiado a seu cuidado. Deus não provê uma maneira pela qual alguém possa ter uma desculpa para ser descuidado em seu trabalho; e, no entanto, tem sido oferecida a Ele uma grande porção dessa espécie de trabalho pelos que labutam em Sua causa; isto, porém, não Lhe é agradável. FEC 215 1 Moços e moças, tendes vós, como indivíduos adquiridos a um preço infinito, procurado apresentar-vos a Deus, aprovados, como obreiros que não têm de que se envergonhar? Tendes dedicado a Deus o precioso talento da voz, e envidado ingentes esforços para falar distinta, clara e fluentemente? Por mais imperfeita que seja vossa elocução, podeis corrigir vossos defeitos e recusar ter um tom nasal ou falar de maneira abafada e indistinta. Se vossa pronúncia é distinta e inteligível, será grandemente aumentada vossa utilidade. Não deixeis, então, que fique sem ser corrigida nenhuma forma defeituosa de falar. Orai a respeito do assunto e cooperai com o Espírito Santo que trabalha para vossa perfeição. O Senhor, que no princípio fez o homem perfeito, ajudar-vos-á a desenvolver as faculdades físicas e mentais, habilitando-vos a assumir encargos e responsabilidades na causa de Deus. FEC 215 2 Milhares hoje em dia estão desqualificados para a obra do ministério, não podem assumir uma posição de sagrada responsabilidade e acham-se perdidos para a causa, por haverem deixado de avaliar os talentos que lhes foram dados por Deus e por não cultivarem as faculdades mentais e físicas para que possam ocupar posições de responsabilidade na obra do Mestre. Estamos aqui, individualmente, como aprendizes, e o Senhor está submetendo à prova nossa fidelidade a Ele. FEC 215 3 Ele quer usar-nos como instrumentos para comunicar ao mundo a luz de Sua Palavra. Se aproveitarmos a luz que Deus nos deu, difundindo-a para outros, teremos cada vez mais luz; "porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado". Compete-nos escolher o que iremos fazer com a luz que Deus nos deu. Podemos andar na luz, ou recusar seguir as pegadas de Cristo, extinguindo assim a nossa luz. FEC 216 1 Considerando a luz que tem sido dada por Deus, é de maravilhar não haver dezenas e dezenas de moços e moças indagando: "Senhor, que queres que faça?" É um perigoso engano imaginar que, a menos que um jovem se haja decidido a consagrar-se ao ministério, não se deva fazer nenhum esforço especial a fim de habilitá-lo para a obra de Deus. Seja qual for a vossa vocação, é essencial que desenvolvais, por meio do estudo diligente, as aptidões de que sois dotados. Os jovens de ambos os sexos devem ser estimulados a apreciar as bênçãos enviadas pelo Céu em oportunidades de se tornarem bem disciplinados e inteligentes. Cumpre-lhes aproveitar as escolas estabelecidas para comunicar o melhor dos conhecimentos. É pecado ser indolente e descuidado quanto a obter educação. O tempo é curto e, portanto, visto que o Senhor deverá voltar em breve para pôr termo às cenas da história terrestre, é tanto maior a necessidade de aproveitar as ocasiões e os privilégios atuais. FEC 216 2 Os moços e as moças devem colocar-se em nossas escolas, onde é possível obter conhecimento e disciplina. Devem consagrar a Deus suas aptidões, tornar-se diligentes estudantes da Bíblia, a fim de se fortalecerem contra doutrinas errôneas, e não serem desencaminhados pelos erros dos ímpios; pois é mediante a diligente investigação da Escritura que obtemos o conhecimento do que é a verdade. Pela observância da verdade que já conhecemos, mais luz irradiará sobre nós, vinda da Santa Palavra. Ao submetermos nossa vontade à vontade de Deus, ao humilharmos nosso coração diante dEle, desejaremos ardentemente tornar-nos Seus colaboradores, indo salvar os que perecem. Os que são sinceramente consagrados a Deus, não entrarão na obra levados pelos mesmos motivos que induzem os homens a se empenharem nas empresas mundanas, meramente por amor da subsistência; mas tomarão parte na obra sem permitir que nenhuma consideração mundana os domine, compreendendo a santidade da causa de Deus. FEC 217 1 O mundo tem de ser advertido, e nenhuma alma deve ficar satisfeita com um conhecimento superficial da verdade. Não sabeis a que responsabilidade podeis ser chamados. Ignorais aonde vos poderão convidar a ser testemunhas da verdade. Muitos terão de se apresentar nas cortes legislativas; alguns perante reis e diante dos doutos da Terra, para responderem por sua fé. Os que não têm senão um superficial conhecimento da verdade, não serão capazes de expor claramente as Escrituras, e dar razões definidas da fé que possuem. Ficarão confusos, e não serão obreiros que não têm de que se envergonhar. Que ninguém imagine não precisar estudar, visto não ter de pregar do sagrado púlpito. Não sabeis o que Deus pode requerer de vós. É lamentável que o avançamento da causa seja estorvado pela falta de obreiros educados, que se hajam habilitado para posições de confiança. O Senhor aceitará milhares para trabalharem em Sua seara, mas muitos têm deixado de se habilitar para a obra. Todo aquele, porém, que esposou a causa de Cristo, que se ofereceu como soldado do exército do Senhor, deve colocar-se onde lhe seja dado exercitar-se fielmente. A religião tem, na verdade, significado bem pouco para os professos seguidores de Cristo; pois não é vontade de Deus que alguém permaneça na ignorância quando ao seu alcance têm sido colocados a sabedoria e o conhecimento. FEC 217 2 Quão poucos se têm habilitado na ciência de salvar almas! Quão poucos compreendem a obra que deve ser realizada em edificar a igreja, em comunicar luz aos que se acham em trevas! No entanto, Deus deu a cada homem a sua obra. Devemos desenvolver a nossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em nós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Na obra de salvação há cooperação das instrumentalidades humanas e divinas. Tem-se declarado muita coisa acerca da ineficácia do esforço humano; no entanto, o Senhor não faz nada pela salvação da alma sem a cooperação do homem. A Palavra de Deus é clara e distinta neste ponto, e, contudo, embora tanto dependa de nossa cooperação com os seres celestiais, os homens se portam como se pudessem dar-se ao luxo de pôr de lado os reclamos de Deus e deixar que as coisas de consequência eterna fiquem à espera de sua boa vontade. Eles agem como se pudessem acomodar as coisas espirituais a si próprios, e colocam os interesses eternos na dependência das questões terrenas e temporais. Mas, quão presunçoso é lidar deste modo com o que é mais essencial e que se perde com mais facilidade! FEC 218 1 Onde estão os que pretendem ser sábios cooperadores de Deus? Diz o apóstolo: "Lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós." Esperarão, porém, os homens, sob a pressão das circunstâncias, conseguir apossar-se de alguma posição importante, se negligenciaram preparar-se e disciplinar-se para a obra? Imaginarão poder tornar-se polidos instrumentos nas mãos de Deus para a salvação de almas pelas quais Cristo morreu, se negligenciaram usar as oportunidades colocadas à sua disposição a fim de se habilitarem para a obra? "A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis." Todos necessitam aproveitar as faculdades e oportunidades que lhes são dadas por Deus, para que individualmente se tornem cooperadores de Deus. FEC 218 2 Deus está continuamente labutando em nosso favor, de maneira que não nos falte nenhum dom. Concedeu-nos faculdades físicas, mentais e morais, e se as aproveitarmos devidamente, seremos capazes de enfrentar os poderes sobrenaturais das trevas e vencê-los. Jesus tem apontado o caminho da vida, tem manifestado a luz da verdade, tem dado o Espírito Santo e nos dotou ricamente de tudo o que é essencial para nossa perfeição. Tais vantagens não são, porém, avaliadas, e passamos por alto nossos privilégios e oportunidades, não cooperando com os seres celestiais e deixando assim de tornar-nos nobres, inteligentes obreiros para Deus. Aqueles para os quais seu próprio caminho se afigura mais atraente do que o caminho do Senhor, não podem ser usados em Seu serviço, pois representariam mal o caráter de Cristo e desviariam as almas do serviço aceitável a Deus. FEC 219 1 Os que trabalham para o Mestre devem ser bem disciplinados, para que se portem como fiéis sentinelas. Devem ser homens e mulheres que cumpram os planos de Deus para o judicioso aperfeiçoamento mental dos que são abrangidos por sua influência. Devem unir-se com todas as instrumentalidades que procuram cumprir a vontade de Deus quanto a salvar o mundo perdido. Cristo deu-Se a Si mesmo, o Justo pelos injustos; Ele morreu na cruz do Calvário, e confiou aos seres humanos a obra de completar o grande alcance do amor redentor; pois o homem coopera com Deus em Seu esforço para salvar os que perecem. Nos deveres negligenciados pela igreja encontra-se o motivo da demora do cumprimento do propósito de Deus; se, porém, os homens deixam de cumprir sua obra, teria sido melhor que nunca houvessem nascido. Grande mal resultará da negligência de cooperar com Deus; pois perder-se-á a vida eterna. Nosso êxito como candidatos ao Céu dependerá de nossa diligência em cumprir as condições sob as quais é outorgada a vida eterna. Temos de aceitar a Palavra de Deus e obedecer-lhe; não podemos ser ociosos e derivar a esmo com a correnteza. Devemos estudar diligentemente a Palavra de Deus. Devemos preparar-nos e educar-nos como bons soldados de Cristo. Devemos promover a obra, tornando-nos cooperadores de Deus. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1893. ------------------------Capítulo 29 -- Aos professores e estudantes Aos professores e alunos de nosso Colégio de Battle Creek e de todas as nossas instituições educacionais FEC 220 1 Durante a noite foram-me dadas mensagens para vós outros em Battle Creek e para todas as nossas escolas. Conquanto esteja no plano de Deus que sejam adestradas as faculdades físicas tanto quanto as mentais, o exercício físico deve ser de tal espécie que esteja em completa harmonia com as lições dadas por Jesus Cristo a Seus discípulos. O que se dá ao mundo deve ser visto na vida dos cristãos, de modo que no tocante à educação e ao adestramento pessoal os seres celestiais não tenham de anotar nos livros do Céu que os alunos e os professores de nossas escolas são "mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus". Isto é o que se anota agora com referência a um grande número deles. "Mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus." Deste modo Satanás e seus anjos estão armando laços para vossa alma, e ele mesmo age em certo sentido sobre professores e alunos a fim de induzi-los a se empenharem em exercícios e diversões que se tornam intensamente absorventes, mas cujo caráter é tal que fortalece os mais baixos instintos, suscitando apetites e paixões que assumirão a direção, opondo-se da maneira mais decidida às operações e à obra do Espírito Santo de Deus sobre o coração humano. FEC 220 2 Que vos diz o Espírito Santo? Qual foi Seu poder e influência sobre vosso coração durante a assembléia da Associação Geral e as assembléias em outros Estados? Tendes dedicado especial atenção a vós mesmos? Sentiram os professores da escola que precisam prestar atenção? Se Deus os designou para serem educadores dos jovens, são também "supervisores do rebanho". Não estão na obra escolar para inventar planos referentes a exercícios e jogos que desenvolvam pugilistas; nem para rebaixar as coisas sagradas ao nível do que é profano. FEC 220 3 Eu estava falando aos professores, dirigindo-lhes mensagens de repreensão. Todos os professores necessitam de exercício, uma mudança de ocupação. Deus tem indicado que esse exercício deve constituir um trabalho útil e prático; vós, porém, vos afastastes do plano de Deus para seguir invenções humanas, e isso em detrimento da vida espiritual. Nem um i ou um til da influência posterior de uma educação nesse sentido vos habilitará a enfrentar os severos conflitos destes últimos dias. Que espécie de educação estão recebendo nossos professores e alunos? Deus ideou e projetou tal espécie de exercício para vós, ou está sendo introduzido pelas invenções e imaginações humanas? Como a mente está sendo preparada para o estudo e a meditação, para os pensamentos sérios e a oração fervorosa e contrita que procede de corações enternecidos pelo Espírito Santo de Deus? "Assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem." "Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na Terra, e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração." FEC 221 1 O Senhor apresentou diante de mim a necessidade de estabelecer em Battle Creek uma escola que não deve imitar a nenhuma escola já existente. Devemos ter professores que guardem sua alma no amor e temor de Deus. Os professores têm de ensinar acerca de coisas espirituais, preparar um povo que permaneça firme na penosa crise que se acha diante de nós; tem havido, porém, um afastamento do plano de Deus em muitos aspectos. As diversões estão contribuindo mais do que qualquer outra coisa para anular a operação do Espírito Santo, e o Senhor está sendo ofendido. FEC 221 2 "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos Meus olhos; cessai de fazer o mal. [Mas não vos detenhais aqui; ide avante seguindo a Luz do mundo.] Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Eis aí o terreno em que deveis exercitar o intelecto e prover-vos uma mudança de atividade. "Se quiserdes, e Me ouvirdes, comereis o melhor desta terra." FEC 222 1 "Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de justiça! Nela habitava a retidão, mas agora homicidas. A tua prata se tornou em escórias, o teu vinho se misturou com água. Os teus príncipes são rebeldes, e companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas." FEC 222 2 "Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do Senhor." "Afastai-vos do homem cujo fôlego está no seu nariz. Pois em que é ele estimado?" "Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor seu Deus." "Oh! povo Meu! os que te guiam te enganam, e destroem o caminho por onde deves seguir." FEC 222 3 Estou alarmada por vossa causa em Battle Creek. Os professores são muito rigorosos em acusar e castigar os alunos que violam as regras mais insignificantes, não por intenções perversas, mas por negligência; ou ocorrem certas circunstâncias que fazem com que não seja pecado desviarem-se de regras estabelecidas, as quais não devem ser mantidas com inflexibilidade se forem transgredidas; e, no entanto, a pessoa culpada é tratada como se houvesse pecado gravemente. Pois bem, professores, desejo que considereis o lugar em que estais situados, que arrazoeis e pronuncieis juízo contra vós mesmos; porque não somente haveis infringido as regras, mas tendes sido ríspidos e severos com os estudantes; e, além disso, há um conflito entre vós e Deus. Não tendes feito caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco. Vós vos desviastes das veredas seguras. Digo "professores"; não menciono nomes. Deixo a aplicação a vossa própria consciência. O Senhor Deus de Israel tem operado repetidas vezes em vosso meio. Tendes tido grandes evidências das majestosas atuações do Altíssimo. Mas um período de grande luz, de maravilhosas revelações do Espírito e poder de Deus, é um período de grande perigo, se não for aproveitada a luz. Quereis considerar Jeremias 17:5-10; 18:12-15? Pois, sem dúvida alguma, estais incorrendo no desagrado de Deus. A luz tem incidido sobre vós com raios claros e invariáveis. O que essa luz tem feito por vós? Cristo, o Supremo Pastor, vos contempla com desaprovação, e pergunta: "Onde está o rebanho que te foi confiado, o teu lindo rebanho?" "Portanto eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de todos; porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus. Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue." "Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangidos, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade." FEC 223 1 Os professores que não têm uma experiência religiosa progressiva, que não aprendem diariamente lições na escola de Cristo, a fim de servirem de exemplo para o rebanho, mas que aceitam seu salário como a coisa mais importante, não são idôneos para a solene, terrivelmente solene posição que ocupam. As passagens citadas são apropriadas para todas as nossas escolas estabelecidas segundo Deus tencionava que o fossem, a saber: de acordo com o sistema ou exemplo das escolas dos profetas, comunicando a mais elevada espécie de conhecimento -- não misturando escórias com a prata nem vinho com água -- o qual constitui uma representação de valiosos princípios. Idéias falsas e práticas incorretas estão levedando o que é puro e corrompendo o que sempre deveria ser mantido assim, e considerado pelo mundo, pelos anjos e pelos homens como instituições do Senhor -- como escolas em que o ensino de amar e temer a Deus ocupe o primeiro lugar. "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." "Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho." FEC 223 2 Aprendam diariamente os professores que alegam ser cristãos, as lições de Cristo em Sua escola. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Pergunto para vós: Cada um dos educadores da escola está levando o jugo de Cristo, ou fabricando seus próprios jugos a fim de colocá-los sobre o pescoço dos outros -- jugos que eles mesmos não querem levar: rígidos, severos e rigorosos; e isto quando eles mesmos se portam de modo muito descuidado em relação a Deus, errando diariamente em pequenas e grandes coisas, evidenciando pelas palavras, pelo espírito e pelos atos que não são um bom exemplo para os estudantes e que não percebem que se acham sob a disciplina do maior Mestre que o mundo já conheceu? É necessário que haja uma norma mais alta e mais santa na escola de Battle Creek e em outras escolas que a têm imitado. Os costumes e práticas da escola de Battle Creek passam a todas as igrejas, e as pulsações desta escola repercutem por todo o corpo de crentes. FEC 224 1 Não faz parte do plano de Deus que sejam gastos milhares de dólares em ampliações e acréscimos nas instituições de Battle Creek. Já é demais o que existe ali presentemente. Tomai esses recursos adicionais e estabelecei a obra em regiões necessitadas, de outros campos, a fim de dar estabilidade à obra. Tenho transmitido a palavra de Deus a este respeito. Há razões que muitos não vêem, e não tenho a liberdade de apresentá-las a vós neste momento; mas declaro em nome do Senhor que cometereis um erro em acrescentar edifício a edifício; pois estão sendo concentradas em Battle Creek demasiadas responsabilidades para um só lugar. Se tais responsabilidades fossem divididas e aplicadas em outras localidades, seria muitíssimo melhor do que amontoar tanta coisa em Battle Creek, privando a outros campos desprovidos, das vantagens com que Deus quer brindá-los. FEC 224 2 Há demasiados senhores na escola que querem governar sobre a herança de Deus. Existe muito pouco do espírito de Cristo e demais do próprio eu. Aqueles, porém, que se acham sob a influência do Espírito de Deus, que se encontram sob o domínio de Cristo, são exemplos para o rebanho; e quando aparecer o Supremo Pastor, receberão a imarcescível coroa da glória. FEC 225 1 "Rogo igualmente aos jovens: Sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a Sua graça. Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte." Toda a vossa exaltação própria opera o resultado natural e vos reveste de um caráter que Deus não pode aprovar por um momento sequer. "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." Trabalhai e ensinai; trabalhai segundo as normas de Cristo, e assim jamais labutareis em vossa própria e deficiente habilidade, mas tereis a cooperação do divino, combinado com a aptidão humana conferida por Deus. "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigilantes [não em chutar futebol e adestrar-vos nos condenáveis jogos que deveriam fazer todo cristão enrubescer-se de mortificação ao refletir sobre isso]. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar." Sim, ele está em vosso pátio de recreio observando vossas diversões, agarrando toda alma que se acha desprevenida, lançando suas sementes em mentes humanas e controlando o intelecto humano. Por amor a Cristo, fazei uma parada no Colégio de Battle Creek e considerai o efeito sobre o coração, o caráter e os princípios, dessas diversões copiadas dos costumes de outras escolas. Tendes estado progredindo firmemente nos caminhos dos gentios, e não segundo o exemplo de Jesus Cristo. Satanás está no terreno da escola; acha-se presente em cada exercício na sala de aula. Os alunos cuja mente ficou profundamente excitada com os jogos não se encontram na melhor condição para receber a instrução, o conselho e a repreensão, que encerram a maior importância para eles nesta vida e para a futura vida imortal. FEC 225 2 Declara a Escritura a respeito de Daniel e seus companheiros: "A estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos." De que maneira vos estais preparando para cooperar com Deus? "Chegai-vos a Deus e Ele Se chegará a vós outros." "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Estude-se cuidadosamente a alimentação; ela não é saudável. Os diversos pratos preparados como sobremesas são prejudiciais, em vez de benéficos e saudáveis; e, segundo a luz que me tem sido dada, deve haver uma decidida modificação no preparo dos alimentos. Deve haver uma cozinheira hábil e meticulosa que proporcione aos alunos esfaimados ampla provisão de pratos substanciosos. A educação no sentido de suprir as mesas não é correta, salutar ou satisfatória, e é necessário haver uma decidida reforma. Esses alunos são a herança de Deus, e devem ser introduzidos no internato os mais sólidos e salutares princípios no tocante ao regime alimentar. Os pratos de comidas brandas, as sopas e os alimentos líquidos, ou o uso abundante da carne, não são o que há de melhor para proporcionar bons músculos e órgãos digestivos sadios, ou cérebros lúcidos. Oh! como somos tardos para aprender! De todas as instituições de nosso mundo, a escola é a mais importante! Nela deve ser estudada a questão da alimentação; não se deve seguir o apetite, os gostos, os caprichos ou as idéias de pessoa alguma; não obstante, é necessário uma grande reforma; pois danos que durem toda a vida serão o seguro resultado da atual maneira de cozinhar. FEC 226 1 De todas as posições de importância no referido colégio, a principal é a da pessoa que dirige a preparação dos pratos a serem colocados diante dos alunos esfomeados; pois, se houver negligência neste trabalho, a mente não estará preparada para realizar a sua obra, por haver sido o estômago tratado imprudentemente e não poder trabalhar como convém. Necessitam-se inteligências vigorosas. O intelecto humano precisa expandir-se, e adquirir vigor, agudeza e atividade. Deve-se obrigá-lo a fazer trabalho árduo, pois do contrário tornar-se-á débil e ineficiente. É necessário energia cerebral para pensar com mais afinco; deve-se exigir do cérebro o máximo a fim de resolver e dominar problemas difíceis, senão haverá um decréscimo de vigor mental e da capacidade de pensar. A mente deve idear, trabalhar e esforçar-se a fim de dar solidez e vigor ao intelecto; e se os órgãos físicos não são mantidos nas melhores condições por meio de alimentos substanciosos e nutritivos, o cérebro não recebe a nutrição que lhe corresponde para poder trabalhar. Daniel compreendia isto e adotou um regime alimentar simples e nutritivo, rejeitando as finas iguarias da mesa do rei. As sobremesas que levam tanto tempo a preparar, são, muitas delas, prejudiciais à saúde. Os alimento sólidos que requerem mastigação serão muito melhores do que os mingaus ou os alimentos líquidos. Insisto nisto como coisa essencial. Envio minha admoestação ao Colégio de Battle Creek para que passe dali a todas as nossas instituições de ensino. Estudai estes assuntos, e adquiram os alunos a devida educação no preparo de alimentos saudáveis, apetitosos e sólidos que nutram o organismo. Eles não têm agora, nem tiveram no passado, a correta espécie de preparo e educação acerca dos alimentos mais saudáveis para formar tendões e músculos sadios e proporcionar nutrição ao cérebro e ao sistema nervoso. FEC 227 1 O intelecto deve manter-se desperto com trabalho novo, diligente e ardoroso. Como se há de fazer isto? O poder do Espírito Santo deve purificar os pensamentos e limpar a alma de sua contaminação moral. Os hábitos corruptores não só envilecem a alma, mas degradam o intelecto. A memória sofre, sacrificada sobre o altar de práticas baixas e nocivas. "O que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna." Quando os professores e os estudantes consagrarem a Deus alma, corpo e espírito e purificarem seus pensamentos pela obediência às leis de Deus, receberão continuamente nova dotação de força física e mental. Então haverá ardentes anelos de Deus e fervorosas orações para discernir com clareza. A função e obra do Espírito Santo não consiste em que O usem, como muitos supõem, mas em o Espírito Santo usar a eles, moldando, adaptando e santificando toda faculdade. Dedicar as faculdades a práticas concupiscentes transtorna o cérebro e as energias nervosas, e, embora professem a religião, não são, nem serão jamais, instrumentos a quem Deus possa usar; pois Ele aborrece as práticas impuras, que destroem as energias nervosas vitais. Este pecado de impureza diminui o vigor físico e as capacidades mentais, de modo que qualquer esforço mental logo se torna enfadonho. A memória é instável; e, oh! que detestável oferenda é assim apresentada a Deus! FEC 228 1 Quando contemplo então as cenas apresentadas diante de mim; quando considero as escolas estabelecidas em diferentes lugares, e vejo que ficam muito abaixo de qualquer coisa que se assemelhe às escolas dos profetas, sinto incomensurável angústia. O exercício físico foi designado pelo Deus da sabedoria. Cada dia devem ser dedicadas algumas horas a proveitosa educação em ramos de trabalho que ajudem os estudantes a aprender os deveres da vida prática, essenciais a todos os nossos jovens. Mas isto foi eliminado, e introduziram-se diversões que simplesmente proporcionam exercício, sem constituírem uma bênção especial na prática de ações boas e justas, em que consiste a educação e o preparo essenciais. FEC 228 2 Cada um dos alunos necessita de uma educação mais completa nos deveres práticos. O tempo empregado em exercício físico, o qual, passo a passo, conduz ao excesso e à intensidade nos jogos e no exercício das faculdades, deveria ser usado segundo as normas de Cristo, com o que se obteria a bênção de Deus. Todos deveriam sair de nossas escolas com esmerada eficiência, de modo que ao dependerem de seus próprios recursos, possuam um conhecimento de que possam fazer uso e que seja essencial para a vida prática. O ato de andar à busca de tantas idéias acerca de como empregar com mais diligência as faculdades conferidas por Deus, sem efetuar algo que seja bom, algo que possais levar convosco para a vida futura, e sem a memória de ações boas e generosas, está assim registrado no livro do Céu: "Pesado na balança, e achado em falta." FEC 228 3 O estudo diligente é essencial, bem como o árduo trabalho diligente. Os jogos não são essenciais. Está crescendo entre os alunos a influência de sua dedicação a diversões, até converter-se num poder fascinante e sedutor que neutraliza a influência da verdade sobre a mente e o caráter humano. Um espírito bem equilibrado não é obtido, em geral, pelo devotamento das faculdades físicas às diversões. O trabalho físico associado ao esforço mental com o fim de ser útil, é uma disciplina na vida prática, dulcificada continuamente pela lembrança de que está habilitando e educando a mente e o corpo para executar melhor a obra que é desígnio de Deus que os homens realizem em diversos setores. Quanto mais perfeitamente entenderem os jovens como efetuar os deveres da vida prática, tanto mais vivo e salutar será o seu gozo diário por serem úteis aos outros. FEC 229 1 A mente assim educada a desfrutar o esforço físico na vida prática se expande, e, mediante a cultura e o preparo, torna-se bem disciplinada e ricamente provida para prestar serviço, adquirindo além disso o conhecimento essencial para ser um auxílio e bênção aos próprios jovens e aos outros. Pense e diga cada aluno: Eu estudo e trabalho para a eternidade. Podem aprender a ser pacientemente laboriosos e perseverantes em seus esforços combinados de trabalho físico e mental. Que dispêndio de energias é envidado em vossas partidas de futebol e outras invenções vossas de caráter gentílico -- exercícios que não beneficiam a pessoa alguma! Aplicai as mesmas energias na execução de trabalho útil, e acaso não vos será mais agradável enfrentar o registro de vossa vida no grande dia de Deus? FEC 229 2 Tudo que é feito sob o estímulo santificador da obrigação cristã, pelo fato de que sois mordomos a quem foram confiados talentos a serem usados para que se tornem uma bênção a vós mesmos e a outros, proporciona verdadeira satisfação; porque tudo é feito para a glória de Deus. Não consigo encontrar nenhum caso na vida de Cristo que demonstre haver Ele dedicado tempo a jogos ou diversões. Ele era o grande Educador para a vida presente e futura. Não tenho conseguido encontrar nenhum caso em que Ele tenha ensinado os Seus discípulos a empenharem-se na diversão do futebol ou em jogos de competição, a fim de fazerem exercício físico, ou em representações teatrais; e, no entanto, Cristo era nosso modelo em todas as coisas. Cristo, o Redentor do mundo, deu a cada um a sua obra, e ordena: "Negociai [ocupai-vos, na versão inglesa] até que Eu volte." E ao realizar Sua obra, o coração se entusiasma com tal empreendimento, e todas as energias da alma são alistadas numa obra designada pelo Senhor e Mestre, que é elevada e importante. O mestre e o estudante cristãos são habilitados a tornarem-se despenseiros da graça de Cristo e a serem sempre diligentes. FEC 230 1 Tudo o que podem fazer para Jesus é ser fervorosos, tendo o ardente desejo de manifestar sua gratidão a Deus no cumprimento mais diligente de toda obrigação que lhes é imposta, a fim de que, por sua fidelidade a Deus, correspondam ao grande e maravilhoso dom de Seu Filho unigênito, para que pela fé nEle não pereçam, mas tenham a vida eterna. FEC 230 2 É necessário que cada um dos que se acham em toda escola ou instituição esteja, como Daniel, em tão estreita relação com a Fonte de toda a sabedoria, que suas orações o habilitem a alcançar a norma mais elevada de seus deveres em qualquer setor, e que possa cumprir os requisitos estudantis não somente sob a direção de mestres capazes, mas também sob a supervisão dos seres celestiais, sabendo que está sobre ele o Olho que tudo vê e que nunca dorme. O amor e o temor de Deus estavam diante de Daniel, o qual educou e disciplinou todas as suas faculdades para corresponderem o máximo possível ao amoroso cuidado do Grande Mestre, consciente de sua responsabilidade para com Deus. Os quatro jovens hebreus não estavam dispostos a consentir que motivos egoístas e o amor das diversões ocupassem os áureos momentos desta vida. Trabalhavam com coração voluntário e ânimo pronto. Esta não é uma norma tão elevada que não possa ser alcançada por todo cristão. Deus requer mais de todo estudante cristão do que o que lhe tem sido dado. Sois "espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens". -- Special Testimonies on Education, Outubro de 1893. ------------------------Capítulo 30 -- A melhor educação e seu objetivo FEC 231 1 A melhor educação que pode ser dada às crianças e aos jovens é a que encerra a mais íntima relação com a futura vida imortal. Tal espécie de educação deve ser ministrada por pais piedosos, por professores dedicados e pela igreja, a fim de que os jovens, por sua vez, se tornem zelosos missionários, quer na pátria, quer nos campos estrangeiros. Devem ser diligentemente instruídos nas verdades da Bíblia, para que se tornem colunas na igreja, defensores da verdade, arraigados e firmados na fé. Devem saber o que crêem e ter tal experiência nas coisas divinas que jamais atraiçoem sagrados encargos. FEC 231 2 Os jovens devem ser educados, por preceito e exemplo, que lhes compete ser instrumentos para Deus, mensageiros de misericórdia, preparados para toda boa palavra e obra, e que devem ser uma bênção aos que se acham prestes a perecer. Temos grande necessidade de esmerada aptidão, e os talentos confiados a nossos jovens devem ser consagrados ao serviço de Deus e empregados em Sua obra. Deve haver homens e mulheres habilitados a trabalhar nas igrejas e a preparar nossos jovens para ramos especiais de serviço, a fim de que almas sejam levadas a ver a Jesus. As escolas estabelecidas por nós devem ter em vista este objetivo e não imitar o sistema das escolas denominacionais estabelecidas por outras igrejas ou o sistema de seminários e colégios do mundo. Devem ter um sistema muito mais elevado, em que não se origine ou não se favoreça nenhum aspecto de incredulidade. Aos estudantes deve-se ensinar o cristianismo prático, e a Bíblia deve ser considerada o livro mais elevado e importante. FEC 231 3 Em todas as partes do mundo há grande necessidade de professores cristãos e de médicos missionários. Em todas as partes do campo, tanto na pátria como no estrangeiro, há portas abertas para os que podem fazer bem ao corpo e à alma, apresentando a preciosa luz da verdade. A negligência anterior neste sentido não deve perpetuar-se. Grande luz tem incidido sobre o nosso caminho, nalguns aspectos mais do que em outros, e, no entanto, nosso progresso nesses próprios setores tem estado muito aquém da luz que recebemos. Muitos de nossos moços e moças mais promissores têm oferecido o melhor de suas aptidões em relicários idólatras, entregando-se a si mesmos como sacrifício ao príncipe do mal. Oxalá os jovens em nossas escolas, tanto individual como coletivamente, se submetam às valiosas operações do Espírito do Senhor, para que reconheçam as indicações de Sua providência e esperem em Deus, a fim de que conheçam e realizem Sua vontade! Abririam deste modo a porta do coração a Jesus. FEC 232 1 Entregando-nos a Deus, obtemos grandes vantagens; pois, se temos fraquezas de caráter, como sucede com todos nós, unimo-nos com Alguém que é poderoso para salvar. Nossa ignorância estará unida à sabedoria infinita, nossa fragilidade ao eterno poder, e, como Jacó, cada um de nós pode tornar-se um príncipe com Deus. Ligados ao Senhor Deus de Israel, teremos poder do alto que nos habilitará a ser vencedores; e mediante a comunicação do divino amor, encontraremos acesso aos corações humanos. Com mão tremente apegar-nos-emos ao trono do Infinito, e diremos: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." É dada a certeza de que Ele nos abençoará e tornar-nos-á uma bênção; e isto é nossa luz, nossa alegria, nosso triunfo. Quando os jovens compreenderem o que é ter o favor e o amor de Deus no coração, começarão a perceber o valor de seus privilégios adquiridos por sangue, e consagrarão suas capacidades a Deus, procurando com todas as forças dadas pelo Senhor aumentar os talentos a serem usados no serviço do Mestre. FEC 232 2 A única segurança para nossos jovens nesta época de pecado e crime é ter viva ligação com Deus. Devem aprender como buscar a Deus, a fim de que sejam cheios de Seu Santo Espírito e procedam como se estivessem cientes de que toda a hoste celestial os contempla com atenta solicitude, prontos a socorrê-los no perigo e em tempos de necessidade. Os jovens devem ser protegidos contra a tentação por meio de advertências e instruções. Devem aprender quais os incentivos que lhes são apresentados na Palavra de Deus. Deve ser delineado perante eles o perigo de darem um passo nos atalhos do mal. Devem ser educados a respeitar os conselhos de Deus nos Seus sagrados oráculos. Devem ser instruídos de tal maneira que tomem uma posição resoluta contra o mal e decidam abster-se de trilhar qualquer vereda em que não possam esperar que Jesus os acompanhe e que repouse sobre eles a Sua bênção. Devem aprender uma religião prática e diária que santifique todos os aspectos de sua vida, no lar, nos negócios, na igreja, na sociedade. Precisam ser educados de tal modo que compreendam quão perigoso é tratar levianamente com os seus privilégios, e que Deus espera que busquem cada dia a Sua bênção com reverência e fervor. A bênção de Deus é um precioso dom, e deve receber tal apreciação que não seja abandonada por preço algum. A bênção do Senhor enriquece, e com ela não traz desgosto. FEC 233 1 Meu coração fica profundamente perturbado quando leio algo sobre a degradação de nobres faculdades no serviço de Satanás. Nas repartições governamentais, nas posições de grande responsabilidade, nos encargos oficiais, os homens são tentados pelo maligno; e o resultado é corrupção, crimes, defraudações, roubos e extorsões. Existem terríveis antros de corrupção que vertem sobre o nosso mundo influências deletérias que conspurcam a comunidade. Em todos os lugares Satanás armou as suas ciladas a fim de apanhar homens de cultura, de bons dotes naturais -- homens que poderiam tornar-se cooperadores com Deus, companheiros dos anjos, habitantes do Céu -- a fim de atá-los ao seu séquito de escravos. E, no entanto, Jesus os resgatou da servidão do inimigo; mas recusam estar em liberdade, e não querem tornar-se filhos e herdeiros de Deus, e co-herdeiros com Cristo de uma herança imperecível. Vivem como se a Terra, o dinheiro, a posição, as casas e as propriedades fossem os principais objetivos de sua criação. Sua vida é prolongada pela terna misericórdia de Deus; mas não é deplorável ver homens de grande competência vivendo a um nível tão baixo? FEC 234 1 O resgate foi pago, e todos podem ir a Deus e, mediante uma vida de obediência, alcançar a vida eterna. Por isso, como é lamentável que os homens se afastem da herança imperecível e vivam para satisfazer o orgulho, para o egoísmo e a ostentação, e, pela submissão ao domínio de Satanás, percam a bênção que poderiam obter tanto nesta vida como na vida futura. Poderiam entrar nos palácios do Céu e associar-se em condições de liberdade e igualdade com Cristo e os anjos celestiais, e com os príncipes de Deus; entretanto, por incrível que pareça, eles se afastam das atrações celestes. O Criador de todos os mundos deseja amar os que crêem em Seu Filho unigênito como Salvador pessoal assim como ama a Seu próprio Filho. Aqui mesmo e agora Seu gracioso favor nos é outorgado nesta maravilhosa amplitude. Concedeu aos homens o dom da Luz e Majestade do Céu, e, com Ele, todos os tesouros celestiais. Assim como nos prometeu a vida futura, também nos outorga principescas dádivas nesta vida, e, como recipientes de Sua graça, deseja que desfrutemos tudo quanto enobrecerá, expandirá e elevará nosso caráter. É Seu desígnio habilitar-nos para as cortes celestiais. FEC 234 2 Satanás contende, porém, pelas almas dos homens e lança sua sombra infernal através do caminho deles, a fim de que não contemplem a luz. Não quer que tenham um vislumbre da honra futura, das glórias eternas reservadas para os que habitarão no Céu, ou que desfrutem a experiência que constitui um antegozo da felicidade do Céu. Tendo, porém, as atrações celestes diante da mente para infundir esperança, avivar o desejo e estimular o esforço, como poderemos afastar-nos desta perspectiva e escolher o pecado e seu salário, que é a morte? Os que aceitam a Cristo como seu Salvador têm a promessa FEC 234 3 da vida que agora existe e da que está para vir. O instrumento humano não é devedor de parte alguma de sua capacidade ao serviço de Satanás; mas deve toda a sua lealdade ao infinito e eterno Deus. O mais humilde discípulo de Cristo pode tornar-se um habitante do Céu, herdeiro de Deus de uma herança incorruptível que não se esvaece. Oxalá todos escolham o dom celestial, tornando-se herdeiros de Deus daquela herança cujo título está resguardado contra todo e qualquer destruidor, um mundo sem fim! Oh! não escolhais o mundo, mas escolhei a herança superior! Apressurai-vos e prossegui com insistência em direção ao alvo, para o prêmio de vossa soberana vocação em Cristo Jesus. Por amor a Cristo, moldai o objetivo de vossa educação pelos incentivos do mundo melhor. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1893. ------------------------Capítulo 31 -- Cristo como mestre FEC 236 1 Por Seu próprio e sábio desígnio, o Senhor encobre verdades espirituais em figuras e símbolos. Mediante o uso de figuras de linguagem era muitas vezes dada a Seus acusadores e inimigos a mais franca e eficaz repreensão, sem que pudessem achar em Suas palavras algo para condená-Lo. Em parábolas e comparações Ele encontrou o melhor método para comunicar verdades divinas. Em linguagem simples, usando figuras e ilustrações tiradas do mundo natural, Ele descerrava a verdade espiritual a Seus ouvintes e expunha preciosos princípios que se teriam apagado da memória deles, sem quase deixar vestígio, se Ele não houvesse relacionado Suas palavras com emocionantes cenas da vida, experiência ou Natureza. Despertava assim o interesse deles, suscitava perguntas e, quando havia captado completamente a sua atenção, neles inculcava decididamente o testemunho da verdade. Conseguia deste modo causar tal impressão sobre o coração que, mais tarde, ao olharem Seus ouvintes para aquilo com que Ele relacionara Seu ensino, podiam recordar as palavras do divino Mestre. FEC 236 2 O ensino de Jesus era de natureza completamente diferente do ensino ministrado pelos doutos escribas. Eles pretendiam ser expositores da lei, tanto escrita como tradicional. Mas o tom formal de suas instruções indicava que não discerniam nada nas doutrinas dos sagrados oráculos que tivesse poder vital. Não apresentavam nada que fosse novo; não proferiam palavras que satisfizessem os anseios do coração. Não proporcionavam alimento para os famintos cordeiros e ovelhas. Tinham o costume de alongar-se sobre as partes obscuras da lei, e o resultado de seu arrazoado era uma algaravia de absurdidades, que os doutos não conseguiam devassar, nem eram compreendidas pelo povo comum. FEC 236 3 Cristo veio para revelar ao mundo a verdade divina. Ensinava como quem tem autoridade. Falou como jamais alguém havia falado. Não havia hesitação em Sua conduta, nem a menor sombra de dúvida em Suas declarações. Ele falava como quem entende todas as partes do assunto. Poderia haver desvendado mistérios que patriarcas e profetas almejavam perscrutar, que a curiosidade humana desejara ansiosamente compreender. Porém, se os homens não conseguiam discernir as verdades mais simples e expostas de maneira bem clara, como poderiam compreender os mistérios que se achavam ocultos aos olhos mortais? Jesus não recusava repetir antigas verdades familiares, pois era o Autor dessas verdades. Ele era a glória do templo. Separou do erro verdades que haviam sido perdidas de vista, que tinham sido desvirtuadas e mal-empregadas e que foram desligadas de sua posição correta; apresentando-as como preciosas jóias em seu próprio fulgor, tornou a colocá-las em seu devido engaste, e ordenou que permanecessem firmes para todo o sempre. Que obra foi essa! Era de tal natureza que o homem finito não podia compreendê-la ou realizá-la. Somente a Mão divina podia pegar a verdade que, em sua ligação com o erro, estivera favorecendo a causa do inimigo de Deus e do homem, e colocá-la onde pudesse glorificar a Deus e ser a salvação da humanidade. A obra de Cristo consistiu em restituir ao mundo a verdade em seu viço e beleza originais. Ele representava o espiritual e celeste pelas coisas da Natureza e da experiência. Dava o tenro maná à alma faminta e apresentava um novo reino a ser estabelecido entre os homens. FEC 237 1 Os rabinos expunham os requisitos da lei como uma enfadonha rotina de exigências. Eles faziam exatamente o que Satanás está fazendo em nossos dias: apresentavam a lei ao povo como frio e rígido código de preceitos e tradições. As superstições encobriam a luz, a glória, a dignidade e os reclamos de grande alcance da lei de Deus. Professavam falar ao povo em lugar de Deus. Depois da transgressão de Adão, o Senhor não falou mais diretamente com o homem; a raça humana foi entregue nas mãos de Cristo, e toda comunicação ao mundo foi efetuada por Seu intermédio. Foi Cristo que proferiu a lei no Monte Sinai, e Ele conhecia o significado de todos os seus preceitos, a glória e majestade da lei do Céu. No Sermão da Montanha, Cristo define a lei e procura inculcar na mente de Seus ouvintes os reclamos de longo alcance dos preceitos de Jeová. Suas instruções foram uma nova revelação ao povo; e os intérpretes da lei, os escribas e os fariseus, bem como o povo em geral, ficaram maravilhados de Sua doutrina. As palavras de Cristo não eram novas, e, no entanto, tiveram o impacto de uma revelação; pois apresentavam a verdade em seu devido aspecto, e não do modo como os mestres a haviam colocado perante o povo. Ele não manifestava consideração pelas tradições e os mandamentos de homens, mas abria os olhos do seu entendimento para contemplarem as maravilhas da lei de Deus, que é o fundamento de Seu trono desde o princípio do mundo; e, enquanto durarem os céus e a Terra, através dos infindáveis séculos da eternidade, ela será a grande norma de justiça, santa e justa e boa. FEC 238 1 O sistema de economia judaica era o evangelho em figura, uma apresentação do cristianismo que deveria expandir-se à medida que a mente das pessoas fosse compreendendo a luz espiritual. Satanás sempre procura obscurecer as verdades que são claras, e Cristo sempre procura abrir a mente à compreensão de toda verdade essencial a respeito da salvação do homem caído. Até hoje ainda há aspectos da verdade que são discernidos indistintamente, conexões que não são compreendidas, e amplas profundezas da lei de Deus que não são percebidas. Há incomensurável amplitude, dignidade e glória na lei de Deus; e, no entanto, o mundo religioso pôs de lado esta lei, como os judeus, a fim de exaltar as tradições e os mandamentos de homens. Antes dos dias de Cristo, os homens perguntavam inutilmente: "Que é a verdade?" As trevas cobriam a Terra, e a escuridão os povos. Até mesmo a Judéia estava envolta em obscuridade, embora a voz de Deus lhes falasse em Seus oráculos. A verdade de Deus fora reduzida ao silêncio pelas superstições e tradições de seus pretensos intérpretes, e contendas, ciúmes e preconceitos dividiam os professos filhos de Deus. Então houve um Mestre enviado por Deus -- Aquele mesmo que era o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus expôs a pura e preciosa verdade do Céu a fim de que brilhasse entre as trevas e escuridão moral da Terra. Deus dissera: "Haja luz espiritual", e a luz da glória de Deus foi revelada na face de Jesus Cristo. FEC 239 1 Cristo foi manifestado como Salvador dos homens. As pessoas não deviam confiar de modo algum em suas próprias obras, em sua própria justiça ou em si mesmas, e, sim, no Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. NEle foi revelado o Advogado junto ao Pai. Por Seu intermédio foi feito o convite: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Este convite tem repercutido através dos tempos até os nossos dias. Que o orgulho, a estima ou justiça próprias não impeçam a alguém de confessar seus pecados, para que possa fazer jus à promessa: "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." Não oculteis nada a Deus e não negligencieis a confissão de vossas faltas aos irmãos quando eles têm alguma ligação com elas. "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados." Muitos pecados não são confessados, e ter-se-á de enfrentá-los no dia do ajuste final; é muito melhor reconhecer os pecados agora, confessá-los e abandoná-los, enquanto o Sacrifício expiatório intercede em nosso favor. Não tenhais aversão a aprender a vontade de Deus sobre este assunto. O bem-estar de vossa alma, a unidade de vossos irmãos podem depender da atitude que tomais nestas coisas. "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós." FEC 239 2 É um fato lamentável que o coração faltoso não esteja disposto a ser criticado ou a sujeitar-se à humilhação pela confissão do pecado. Alguns reconhecem suas faltas, mas imaginando que a confissão lhes diminua a dignidade, desculpam seu erro e eximem-se à disciplina que a confissão proporcionaria à alma. A lembrança de seu manifesto erro perdurará para amargurar seus deleites e perturbar suas atividades; pois desviando-se da senda da confissão, deixam de ser fiéis exemplos para o povo. Eles vêem os erros dos outros; mas como podem ter a coragem de dar o conselho: "Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados", se deixaram de seguir esta instrução em sua própria vida? Quanto aprenderão os pastores ou o povo de uma verdade que põem de lado e olvidam, se possível, porque não é agradável; porque não lisonjeia seu orgulho, mas reprova e aflige? Os pastores e o povo, se de fato estão salvos, precisam estar salvos dia após dia, hora após hora. Devem ter fome e sede da justiça de Cristo, da iluminação do Espírito Santo. Os membros da igreja -- os que se acham colocados em posições de confiança -- precisam ser batizados com o Espírito de Deus, do contrário não estarão habilitados para as posições que aceitam. FEC 240 1 Um homem pode ter um conhecimento das Escrituras que não o torne sábio para a salvação, mesmo que consiga vencer seus oponentes num debate público. Se não há em sua alma profundo anseio de Deus; se ele não esquadrinha seu próprio coração como se fosse com uma lâmpada acesa, temendo que se oculte ali algum mal; se não se acha possuído do desejo de responder à oração de Cristo, para que Seus discípulos sejam um assim como Ele o é com o Pai, a fim de que o mundo creia que Jesus é o Cristo -- lisonjeia-se inutilmente de que é cristão. Seu conhecimento, iniciado por ambição, é levado avante por orgulho; mas a alma acha-se destituída do divino amor, da brandura e mansidão de Cristo. Ele não é sábio à vista de Deus. Pode ter sabedoria para derrotar um oponente; mas não pode ser sábio para a salvação sem a operação do Espírito Santo. E "o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança". Nem talento, nem eloqüência nem o estudo egoísta das Escrituras produzirá amor a Deus ou conformidade com a imagem de Cristo. Nada, a não ser o poder divino, pode regenerar o coração e o caráter humanos e imbuir a alma com o amor de Cristo, que sempre se manifestará no amor àqueles pelos quais Ele morreu. -- The Review and Herald, 28 de Novembro de 1893. ------------------------Capítulo 32 -- A educação mais essencial para obreiros evangélicos FEC 242 1 Há obreiros cristãos que não receberam uma educação colegial porque lhes era impossível obter essa vantagem; Deus deu, porém, provas de havê-los escolhido. Ele ordenou que saíssem a labutar em Sua vinha. Tornou-os eficientes cooperadores Seus. Eles têm um espírito dócil; sentem sua dependência de Deus e o Espírito Santo está com eles para ajudá-los em suas deficiências. Ele avivará e fortalecerá o intelecto, dirigirá os seus pensamentos e ajudará na apresentação da verdade. Quando o obreiro se põe em pé diante do povo para expor as palavras da vida, ouve-se em sua voz o eco da voz de Cristo. FEC 242 2 É evidente que ele anda com Deus; que tem estado com Jesus e dEle aprendido. Introduziu a verdade no santuário interior da alma; ela é para ele uma viva realidade, e ele apresenta a verdade na demonstração do Espírito e de poder. O povo ouve o jubiloso som. Deus fala-lhes ao coração por meio do homem consagrado a Seu serviço. Ao exaltar a Jesus mediante o Espírito, o obreiro realmente se torna eloqüente. É fervoroso e sincero, e é amado por aqueles pelos quais trabalha. FEC 242 3 Que pecado recairia sobre todo aquele que ouvisse tal homem meramente para criticar, para notar as imperfeições gramaticais ou a pronúncia incorreta e expor tais erros ao ridículo! Os fariseus escarneciam de Cristo; criticavam a simplicidade de Sua linguagem, a qual era tão clara que as crianças, os idosos e o povo comum O ouviam com prazer e ficavam encantados com as Suas palavras. Os saduceus também zombavam dEle pelo fato de Seus discursos serem muito diferentes de tudo o que era proferido por seus governantes e escribas. Esses mestres judeus falavam em tons monótonos, e os textos escriturísticos mais claros e preciosos se tornavam desinteressantes e ininteligíveis, encobertos sob tal acervo de tradição e conhecimento erudito que depois de os rabis haverem falado, o povo conhecia menos do significado das Escrituras que antes. Havia muitas almas famintas do Pão da Vida, e Jesus alimentou-as com a verdade pura e simples. Em Seus ensinos, Ele tirava ilustrações das coisas da Natureza e das transações comuns da vida, com que eles se achavam familiarizados. Deste modo a verdade tornou-se-lhes uma viva realidade; as cenas da Natureza e as experiências da vida diária repetiam constantemente para eles os preciosos ensinamentos do Salvador. A maneira de Cristo ensinar era precisamente o que Ele deseja que Seus servos façam. FEC 243 1 O orador que não possui uma educação completa pode às vezes cometer erros de gramática ou de pronúncia; talvez não empregue as expressões mais eloqüentes ou as metáforas mais belas; porém, se ele mesmo provou do Pão da Vida; se bebeu da Fonte da Vida, pode alimentar as almas famintas; pode dar da Água da Vida para quem está sedento. Seus defeitos serão perdoados e olvidados. Seus ouvintes não ficarão enfadados ou desgostosos, mas agradecerão a Deus pela graciosa mensagem a eles enviada por Seu servo. FEC 243 2 Se o obreiro consagrou-se inteiramente a Deus e é diligente na oração por forças e sabedoria celestial, a graça de Cristo será seu mestre, e ele vencerá grandes defeitos e tornar-se-á cada vez mais versado nas coisas de Deus. Que ninguém, no entanto, se prevaleça disto para ser indolente, para desperdiçar o tempo e as oportunidades e para negligenciar o preparo que lhe é essencial a fim de tornar-se eficiente. O Senhor não Se agrada de maneira alguma dos que têm oportunidade para obter conhecimento, mas que se escusam por deixar de aproveitar todos os privilégios que Ele colocou a seu alcance a fim de tornarem-se obreiros inteligentes e bem habilitados, dos quais não tenha de envergonhar-Se. FEC 243 3 Acima de todas as outras pessoas na Terra, o homem cujo intelecto é iluminado pela exposição da Palavra de Deus a seu entendimento, sentirá que deve aplicar-se com mais diligência à leitura da Palavra de Deus bem como ao estudo diligente das ciências, pois sua esperança e vocação são mais elevadas do que qualquer outra. Quanto mais intimamente a pessoa estiver ligada com a Fonte de todo conhecimento e sabedoria, tanto maiores poderão ser as vantagens intelectuais e espirituais de sua relação com Deus. O conhecimento do Senhor é a educação essencial, e obter tal conhecimento será o constante empenho de todo leal obreiro. -- Christian Education, 1893. ------------------------Capítulo 33 -- Estudantes decidindo o seu destino eterno FEC 245 1 Lembrem-se os estudantes de que formar caráter que resista à prova do juízo é algo muito sério. Vós mesmos sois responsáveis pela espécie de caráter que edificais. Nenhum professor pode formar vosso caráter. Vós mesmos decidis o vosso próprio destino eterno. É necessário contemplar tais caracteres que sejam dignos de imitação. Referimo-nos a José no Egito e a Daniel em Babilônia. Estes jovens foram experimentados e provados; e visto que se mantiveram firmes aos princípios, tornaram-se homens representativos e modelos de integridade. Quisera dizer aos jovens de nossas instituições de ensino, quer professem crer ou não: Estais agora no tempo da graça, e não advirá a nenhum de vós um segundo tempo de graça. Esta é a única oportunidade que tereis para resistir ao exame e à prova de Deus. FEC 245 2 Com o mais profundo interesse os anjos de Deus nas cortes celestiais observam o desenvolvimento do caráter; e de acordo com os registros nos livros do Céu, são pesadas as ações e é avaliado o valor moral. Cada dia o relato de vossa vida passa em revista diante de Deus assim como é, quer seja meritório ou desabonador. Sois faltosos na verdadeira elevação e nobreza de alma, e ninguém pode conceder-vos o caráter de que necessitais. A única maneira pela qual podeis atingir a norma de valor moral pela qual sereis medidos é confiar em Cristo e cooperar com Ele com firme, diligente e inabalável resolução. FEC 245 3 Os que fazem isto não introduzirão em seu trabalho um espírito de leviandade, de frivolidade e de amor às diversões. Considerarão que não foi com pequeno custo para seus pais ou para si mesmos que vieram ao colégio para obter melhor conhecimento das ciências e para adquirir mais ampla compreensão tanto do Antigo como do Novo Testamento. Quisera dirigir-me a vós como a pessoas que raciocinam e que possuem inteligente compreensão de seus privilégios e deveres. Não seria melhor cooperardes com os vossos professores, a fim de que possais atingir a mais alta norma que vos seja possível alcançar? O tempo é mais valioso para vós do que o ouro, e deveis aproveitar todo precioso momento. Deveis considerar qual será vossa influência sobre os outros. Se um aluno é descuidado e nutre excessivo amor às diversões, deve pôr-se sob o controle do princípio, para que não se torne um ativo agente de Satanás, opondo-se, por sua má influência, à obra que os professores procuram realizar e prejudicando o que os seres celestiais procuram efetuar por meio dos instrumentos humanos. Ele pode frustrar o desígnio de Deus e deixar de aceitar a Cristo e de tornar-se realmente um filho de Deus. FEC 246 1 As obrigações entre professores e alunos são recíprocas. Os professores devem fazer diligente esforço para que sua própria alma seja santificada mediante a graça de Cristo e para que labutem segundo as normas de Cristo pela salvação de seus alunos. Por outro lado, os alunos não devem adotar um procedimento que se torne penoso e probante para seus professores e que traga sobre eles tentações difíceis de resistir. Os alunos não devem, por um errôneo procedimento, baixar a elevada posição e reputação da escola, dando motivo a que se alastre, entre os crentes e os descrentes, a notícia de que as escolas adventistas do sétimo dia, embora pretendam ser estabelecidas para proporcionar a melhor educação aos que as freqüentam, não são superiores às escolas comuns no mundo inteiro. Este não é o caráter nem a reputação que Deus quer que se atribua a nossas escolas; e os que usaram a influência que Deus lhes confiou, para dar tal caráter ou reputação à escola, usaram-na em sentido errôneo. Os que têm desrespeitado os regulamentos e procurado abater a autoridade, quer sejam crentes ou descrentes, acham-se registrados nos livros do Céu como não podendo ser tidos na conta de membros da família real, filhos do celeste Rei. Os professores que assumem o fardo da obra que lhes compete levar, já terão suficientes responsabilidades, cuidados e encargos, sem o peso adicional de vossa desobediência. Apreciarão todo esforço feito pelos alunos para cooperar com eles na obra. FEC 247 1 O estudante desleixado e insubordinado, que não cultiva o respeito próprio, que não se acha bem disposto e que não procura fazer o melhor que está ao seu alcance, causa a si mesmo grande mal. Está decidindo qual será o estado de seu caráter e induzindo outros a afastar-se da verdade e retidão, os quais, se não fosse tal influência perniciosa, ousariam ser leais e nobres. O estudante que sente a responsabilidade de ser fiel em ajudar a seus mestres, estará ajudando mais a si mesmo do que aos outros. O Céu olha com aprovação para os estudantes que se esforçam por fazer o que é correto e que têm o firme propósito de ser leais a Deus. Eles receberão auxílio de Deus. Lemos a respeito de Daniel e seus companheiros que permaneceram firmes à verdade como uma rocha: "Ora, a estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria. ... Em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino." FEC 247 2 Se não tencionais aproveitar vossas oportunidades e privilégios, por que gastais, em freqüentar a escola, o dinheiro cuja obtenção custou muito trabalho a vossos pais? Eles vos enviaram para fora do teto paterno com elevadas esperanças de que seríeis educados e favorecidos por vossa permanência no colégio. Eles vos têm acompanhado com cartas e orações, e toda linha que lhes escrevestes foi lida com ansiedade. Eles têm agradecido a Deus por toda indicação de que desejais tornar a vossa vida cristã um sucesso, e têm chorado de alegria diante dos indícios de vosso progresso no conhecimento científico e espiritual. Oh! desejo implorar-vos que não façais nada que seja duvidoso. Ponderai sobre o aspecto em que vossos pais considerariam as vossas ações, e evitai fazer qualquer coisa que lhes cause aborrecimento. Não sejais irrefletidos, descuidosos e indisciplinados. Vossas ações não findam com vossa própria pessoa; elas trazem honra ou desonra para a escola, segundo forem boas ou más. Se praticais o mal, ofendeis a Jesus Cristo, que vos adquiriu com o preço de Seu próprio sangue, magoais a alma de vosso diretor, feris o coração de vossos professores e prejudicais e danificais vossa própria alma. Causais uma mancha em vosso registro de que ficareis envergonhados. Valerá a pena? É sempre melhor e mais seguro fazer o que é direito porque é direito. Não quereis fazer agora algumas sérias reflexões? O pensar corretamente jaz à base do correto proceder. Assentai em vosso espírito que haveis de corresponder às expectativas de vossos pais a vosso respeito, que haveis de fazer fiéis esforços para vos distinguir, que cuidareis em que o dinheiro gasto convosco não tenha sido mal aplicado e desperdiçado. Formai decidido propósito de cooperar com os esforços feitos pelos pais e os mestres, alcançando uma elevada norma de conhecimentos e de caráter. Determinai-vos a não decepcionar os que vos amam o suficiente para confiar em vós. É varonil proceder retamente, e Jesus vos ajudará a fazê-lo, se o buscardes fazer porque é direito. FEC 248 1 Os que se interessam em vosso bem-estar têm lisonjeiras esperanças a vosso respeito, de que vos tornareis pessoas úteis, repletas de valor moral e inabalável integridade. Muito se tem arriscado pelos jovens que partiram da Nova Zelândia para a América; e desejo dizer a estes estudantes: Proponde-vos um alvo bem elevado, e ascendei então passo a passo até atingir a norma, mesmo que seja por penoso esforço, abnegação e sacrifício pessoal. Cristo será para vós um auxílio presente em todo tempo de necessidade, se O invocardes, para que sejais como Daniel, ao qual nenhuma tentação podia corromper. Não decepcioneis a vossos pais e a vossos amigos; acima de tudo, porém, não decepcioneis Aquele que vos amou de tal maneira que deu Sua própria vida para cancelar os vossos pecados e tornar-Se o vosso Salvador pessoal. Disse Jesus: "Sem Mim nada podeis fazer." Conservai isto na memória. Se cometestes erros, podeis alcançar a vitória discernindo tais erros e considerando-os como sinais de advertência para habilitar-vos a evitar sua repetição. É escusado dizer-vos que isso transformará vossa derrota em vitória, desapontando o inimigo e honrando vosso Redentor, a quem pertenceis. FEC 249 1 Em realidade, deploramos que alguma fraqueza de caráter tenha maculado o registro do passado, porque sabemos que isso constitui uma evidência de que não vigiastes em oração. Lamentamos que tenha havido erros, pois eles têm colocado sobre os professores certos fardos que eles não deveriam ter levado. Os professores têm de lutar contra suas próprias debilidades naturais de caráter, e são suscetíveis de agir insensatamente sob a pressão da tentação. Podem imaginar que estão procedendo de modo correto ao impor rigorosa disciplina, podendo no entanto equivocar-se no caso com que estão lidando. Quão melhor seria, tanto para os alunos como para os professores, se os estudantes zelassem de sua própria honra e agissem por motivos puros e nobres, de tal maneira que seu próprio procedimento os recomendasse a seus mestres e educadores! Se em todo aspecto possível e sob todas as circunstâncias eles tratassem os que ocupam posições de confiança e assumem responsabilidades, como eles mesmos gostariam de ser tratados, quanta paz e êxito acompanhariam a escola! FEC 249 2 Por que deveriam os estudantes unir-se com o grande apóstata para tornarem-se seus agentes em tentar a outros e, por meio destes, causar a ruína de muitos? Todo ser humano tem suas tribulações individuais, peculiares a si próprio, e ninguém está isento de tentações. Se os professores são discípulos de Cristo e se empenham na obra de modo aprovado por Deus, Satanás certamente os assaltará com suas tentações. Caso o grande enganador consiga instigar maus elementos de caráter nos estudantes e, por intermédio deles, causar perplexidade e desalento nos educadores, foi bem-sucedido na realização de seu propósito. Se sob a tentação o professor revela debilidade em qualquer sentido, é prejudicada a sua influência; mas aquele que demonstra ser um agente do grande adversário das almas, terá de prestar contas a Deus pela parte que desempenhou fazendo com que o professor tropeçasse. Considerem os estudantes cuidadosamente este aspecto do assunto e aprendam como animar e amparar seus professores, e não como causar-lhes desalento e tentações. Procedendo deste modo, não estarão semeando joio que brote entre o trigo. "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé." Gálatas 6:7-10. FEC 250 1 Os estudantes serão tentados a fazer coisas desordenadas com a única finalidade de agradar a si mesmos e ter o que eles chamam "divertimento". Se eles zelarem de sua honra e considerarem o fato de que fazendo tais coisas não favorecem ou beneficiam a quem quer que seja, mas envolvem a outros bem como a si mesmos em dificuldade, serão mais propensos a adotar uma conduta varonil e honrosa e a colocar sua vontade ao lado da vontade de Cristo. Labutarão de acordo com as normas de Cristo, ajudando os professores a levarem seus fardos, que Satanás gostaria de tornar mais deprimentes fazendo com que espíritos irrefletidos se ocupem com vãos artifícios. Procurarão criar na escola uma atmosfera que, em vez de ser deprimente e debilitante para as faculdades morais, tornar-se-á salutar e estimulante. Procedendo assim, os estudantes podem ter a convicção de que desempenharam sua parte ao lado de Cristo nessa questão e que não concederam a menor influência ou capacidade ao grande adversário de tudo o que é bom. Com quanto maior satisfação poderão os estudantes lembrar-se de tal maneira de agir, do que daquela na qual sancionaram planos secretos de desrespeito e desconsideração à autoridade! Terão motivo para louvar a Deus por haverem resistido aos clamores da inclinação e por haverem colocado sua influência ao lado da ordem, da diligência e da obediência. Lembre-se todo estudante de que lhe compete ajudar, não impedir, a causa da educação. FEC 251 1 Os estudantes em nossas instituições de ensino podem formar um caráter segundo a semelhança divina, ou degradar as faculdades que lhes foram dadas por Deus, reduzindo-se a um nível inferior, e não poderão culpar a ninguém mais senão a si próprios por se haverem degradado. Foi feito em favor do homem tudo quanto Deus podia fazer. Antecipou-se toda necessidade; tomaram-se providências para toda dificuldade e emergência. Tem sido retificado o que é tortuoso, aplanados os lugares escabrosos, e portanto ninguém será desculpado no dia do juízo por haver acalentado a descrença e resistido às operações do Espírito Santo. FEC 251 2 Jesus Cristo Se entregou a Si mesmo como sacrifício completo em favor de todos os decaídos filhos e filhas de Adão. Oh! que humilhação foi suportada por Ele! Como desceu, passo a passo, cada vez mais baixo na senda da humilhação! No entanto, jamais degradou a alma com uma única sórdida mancha do pecado! Sofreu tudo isto para que pudesse erguer, purificar, refinar e enobrecer a cada um de vós, e colocar-vos sobre Seu trono como co-herdeiros dEle mesmo. Como confirmareis a vossa vocação e eleição? Qual é o caminho da salvação? Cristo declara: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida." Por mais pecaminosos e culpados que sejais, sois chamados, sois escolhidos. "Chegai-vos a Deus e Ele Se chegará a vós outros." Ninguém será compelido a ir a Jesus Cristo contra a sua vontade. A Majestade do Céu, o Filho unigênito do Deus vivo e verdadeiro abriu o caminho para irdes a Ele, dando Sua vida como sacrifício na cruz do Calvário. Mas, embora tenha sofrido tudo isto por vós, é demasiado puro, é demasiado justo para contemplar a iniquidade. No entanto, até mesmo isto não deve afastar-vos dEle; pois declara: "Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento." Aproximem-se dEle as almas que perecem, assim como estão, sem qualquer pretexto, mas implorando o sangue expiatório de Cristo, e serão aceitos por Deus, o qual habita na glória entre os querubins, acima do propiciatório. O sangue de Jesus é um passaporte que nunca falha, por cujo intermédio todas as vossas petições podem ter acesso ao trono de Deus. -- Christian Education (Suplemento), 1893. ------------------------Capítulo 34 -- Um mal: a formalidade, não a organização FEC 253 1 O mal não é resultado da organização, mas de fazer-se de tudo motivo de organização, e tomar a piedade vital de pouca monta. Quando a forma e o mecanismo adquirem a preeminência, e a obra que devia ser feita com simplicidade é transformada em laboriosa tarefa, resultará mal, e pouco será realizado em proporção ao esforço feito. O objetivo da organização é justamente o reverso disto; e se devêssemos nos desorganizar, seria como que demolir o que foi construído. Maus resultados têm sido vistos tanto na obra da Escola Sabatina como na sociedade missionária, pelo fato de fazer-se muito de mecânico, ao passo que a experiência vital é perdida de vista. Em muitos dos supostos melhoramentos levados a efeito, o que se tem feito é colocar o molde humano na obra. Têm sido aceitos na Escola Sabatina como oficiais e professores homens e mulheres cuja mente não estava espiritualizada, e que não tomaram vivo interesse na obra a eles cometida; mas apenas mediante o auxílio do Espírito Santo é que se pode pôr em ordem a situação. O mesmo mal que agora existe em nossas igrejas tem existido há anos. Formalidade, orgulho e amor à ostentação têm ocupado o lugar de verdadeira piedade e humilde devoção. Veríamos diferente estado de coisas se determinado número se consagrasse inteiramente a Deus, e então devotasse seus talentos à obra da Escola Sabatina, avançando sempre em conhecimento, educando-se para que pudessem instruir a outros quanto aos melhores métodos a serem empregados na obra; mas não devem os obreiros procurar métodos pelos quais ofereçam um espetáculo, consumindo tempo em representações teatrais e exibições de música, pois isto não beneficia a ninguém. Não é bom ensaiar crianças para que façam discursos em ocasiões especiais. Devem elas ser ganhas para Cristo, e em lugar de despender tempo, dinheiro e esforço para uma encenação, que todo esforço seja feito a fim de preparar os molhos para a colheita. FEC 254 1 Muitas pessoas parecem pensar que tudo quanto era necessário na obra da Escola Sabatina era organizar a escola e exercitar os alunos para que procedessem em harmonia com um conjunto de cerimônias e formas; e que se fosse possível conseguir pessoas como professores, a Escola Sabatina andaria por si. Muitas vezes são escolhidos professores que não podem levar almas a Cristo porque não sabem considerá-Lo precioso a sua própria alma; mas todos os que não dão à alma o valor que os leve a trabalhar como Cristo desejaria que trabalhassem, não estarão ajuntando com Cristo. "Quem comigo [notem estas palavras] não ajunta, espalha." Se os professores não sentem a responsabilidade de levar almas a Jesus, far-se-ão indiferentes à verdade; tornar-se-ão descuidosos, e a atmosfera com que circundam a alma operará no sentido de afastá-los de Cristo. E com tais elementos na Escola Sabatina, haverá perpétuo conflito com dificuldades; pois quando os professores assumem o trabalho mas não têm interesse nele, os alunos participam do mesmo espírito. FEC 254 2 Conquanto existam tais dificuldades, poder-se-á aboli-las acabando com a organização? Estou certa de que o Senhor operou na organização que tem sido aperfeiçoada, e o fato de que há aspectos desalentadores na obra não deve ser considerado motivo suficiente para desorganização. Foi-nos outorgada abundante luz com referência à organização das igrejas; tivemos no entanto uma árdua peleja para aperfeiçoar a organização; mas afinal foi ganha a vitória, e deveria a igreja desorganizar-se agora por causa de indiferença, formalidade e orgulho? Devemos retornar à desordem porque membros da igreja não consagrados colocaram na obra o molde humano e procuraram adaptar a igreja a um padrão popular? FEC 254 3 É certo que a simplicidade de genuína piedade desapareceu em grande parte da igreja, e muitos dos que professam seguir a Cristo tornaram-se tão cegos que chegam a pensar que o ganho é piedade, e dedicam suas energias às coisas temporais. Não reconhecem que toda a sua capacidade intelectual foi adquirida por Cristo e que devem dedicar-Lhe os melhores produtos de seu pensamento, para que seja levada avante a Sua causa. Em vez de dedicar, porém, suas atiladas e claras idéias para o avanço da causa, a fim de fortalecer e amparar a igreja, devotam todas as suas energias à promoção de seus próprios interesses. Não ajuntam com Cristo, mas conduzem para longe dEle por suas palavras e atos. Circundam a alma de uma atmosfera deletéria para a espiritualidade. Professam ser seguidores de Cristo, mas não O conhecem mediante conhecimento experimental. Não praticam a religião. Não procuram ser cristãos do mesmo modo em que aprenderiam um ofício. Professam crer numa verdade avançada; mas é evidente que a conservam no pátio exterior; pois ela não exerce poder santificador sobre a vida e o caráter. Eles não compreendem quanto se acha em jogo; pois está em perigo a salvação de sua própria alma e a dos outros. Não compreendem que para ser um aroma de vida para vida devem estar sob disciplina e instrução espiritual, aprendendo na escola de Cristo. Sem essa disciplina espiritual tornam-se ineficientes, ignorantes e subdesenvolvidos, e não vêem a necessidade de instrução e conhecimento espiritual que os habilitem a ocupar posições de influência e utilidade. Se não se consagrarem inteiramente a Deus, tornando-se alunos em Sua escola, realizarão um trabalho casual que redundará em prejuízo para a igreja. FEC 255 1 Devido a essas influências não consagradas, deveríamos porém voltar atrás e dilapidar os métodos que construímos com grande dificuldade, declarando que toda organização é um erro? Não ousamos fazer isto. Há muitas coisas que precisam ser ajustadas; pois algumas coisas de pequena importância recebem muita consideração, ao passo que outras coisas de grande importância são negligenciadas e encaradas como não sendo essenciais. O intelecto humano necessita de educação literária bem como de instrução espiritual para que se desenvolva harmonicamente; pois sem educação literária os homens não podem ocupar devidamente diversas posições de responsabilidade. FEC 256 1 O grande livro educador é a Bíblia; no entanto quase não é lido e posto em prática. Oxalá todo indivíduo procurasse tornar-se tudo o que pudesse, aproveitando suas oportunidades da melhor maneira possível, tencionando usar toda faculdade que Deus lhe deu, não simplesmente para favorecer seus negócios temporais, mas para promover seus interesses espirituais. Oxalá todos procurassem diligentemente saber que é a verdade, e estudar intensamente para terem linguagem correta e vozes educadas, a fim de apresentarem a verdade em toda a sua elevada e enobrecedora beleza. Que ninguém imagine que será levado por acaso para alguma posição de utilidade. Se quiserem ser usados a fim de labutar para Deus, agucem os homens as suas faculdades e concentrem o intelecto com diligente aplicação. É Satanás que deseja conservar os homens em ignorância e ineficiência, para que se desenvolvam de um modo unilateral que talvez nunca sejam capazes de corrigir. Quer que os homens exercitem certo número de faculdades com exclusão de outras, de maneira que o intelecto perca seu vigor e, quando houver real necessidade, não consiga colocar-se à altura da emergência. Deus deseja que os homens façam o melhor que podem, e enquanto Satanás impele a mente numa direção, Jesus a atrai noutra direção. FEC 256 2 Quando a verdade é recebida no coração, inicia a obra de aprimoramento e santificação do recebedor. Aquele que acaricia a verdade não sentirá que não tem necessidade de maior esclarecimento, mas reconhecerá, à medida que cumpre a verdade em sua vida prática, que necessita de contínua luz a fim de poder aumentar em conhecimento. Ao introduzir a verdade em sua vida, perceberá sua real ignorância e compreenderá a necessidade de ter uma educação mais completa, para que saiba como usar sua capacidade com o máximo proveito. FEC 256 3 Existe entre nós carência de aptidões educadas, e não possuímos homens suficientemente preparados para corresponderem ao trabalho de dirigir nossas Escolas Sabatinas e igrejas. Muitos que conhecem a verdade não a compreendem ainda de maneira a se absterem de introduzir o que é deles próprios ao apresentá-la. Não estão preparados para expô-la de modo que seu caráter sagrado, solene, seja claro para o povo. Em vez de menos disciplina, necessitam de mais completo preparo. Impossível é a qualquer pessoa prever para que poderá ser chamada. Talvez seja colocada em situações em que necessite de pronto discernimento e argumentos ponderados, e portanto é para honra de Cristo que se multipliquem entre nós os obreiros bem educados; estarão mais habilitados a comunicar a verdade de maneira clara, inteligente, e a verdade deve ser apresentada o quanto possível livre de defeitos. FEC 257 1 A verdadeira educação, quando a mente está sob a influência controladora do Espírito Santo, é de grande importância, e todo indivíduo deve aprender a apreciar devidamente as aptidões concedidas por Deus; e pondo em prática o conhecimento obtido, poderá, mediante a influência de seu próprio caráter, inculcar em outras pessoas o valor de obter instrução para o serviço de Cristo e incentivá-las a seguir o Seu exemplo. Há muita coisa a ser feita no mundo, e não é proveitoso pôr novatos a labutar com questões de suma importância. A apatia, a indolência, a desatenção manifestadas para com a educação causam espanto, mas agradam bastante a Satanás. Deus quer que despertemos de nossa indiferença e não permitamos mais que as faculdades intelectuais caiam em dissipação e degenerem em imbecilidade. Os homens devem apreciar os talentos que lhes foram confiados e aproveitar as oportunidades colocadas ao seu alcance. Disponde as faculdades mentais para a ação e, mediante vigoroso esforço, fazei com que o intelecto se expanda e se desenvolva. FEC 257 2 Há mais necessidade agora do que jamais no passado, de que nossos rapazes e moças sejam habilitados intelectualmente para a obra. Nossas Escolas Sabatinas precisam não somente de obreiros intelectuais, mas também de obreiros espirituais, e o intelecto obtém seu tono e eficiência por meio de cabal disciplina. Mediante estudo superficial, o intelecto perde gradualmente o seu tono e degenera em imbecilidade, não sendo mais capaz de realizar esforços exaustivos. Mas a educação prepara as pessoas para reconhecer e efetuar a exata modalidade de trabalho que deve ser feita neste tempo. Cabal disciplina, sob a direção de um sábio professor, tem mais valor do que dons e aptidões naturais sem disciplina. FEC 258 1 O Senhor manifestou Seu apreço para com o homem dando Seu Filho unigênito para redimi-lo. Satanás também tem manifestado seu apreço pela aptidão bem disciplinada e santificada, mediante os engenhosos métodos com que procura desviar do serviço de Deus o coração e a mente de tal indivíduo, para que consiga levá-lo a unir-se às fileiras da apostasia. Como um anjo de luz, ele se aproxima com suas insinuações a fim de atrair os homens para o seu serviço; pois ele sabe que um homem ou mulher instruídos, quando não se acham sob a direção do Espírito de Deus, podem ser muito úteis para ele. Assediará o estudante com tentações especiosas, procurando induzi-lo a orgulhar-se de suas consecuções e a imaginar que é um grande personagem, para que confie em si mesmo e caminhe nas faíscas que ele mesmo acendeu. Assim é levado a separar a alma de Deus, a Fonte de toda luz e conhecimento, e, para que exalte a si mesmo, a unir-se com Satanás, o originador de todo pecado. FEC 258 2 O temor do Senhor é o princípio de toda a sabedoria; e quando não se confia em Deus, o resultado da educação tende somente a elevar a impiedade. A razão por que a igreja é débil e ineficiente é haver falta da graça de Cristo entre os que professam a verdade para estes últimos dias. Se o Senhor já falou alguma vez por meu intermédio, há pecados de quase toda a espécie acariciados por muitos que pretendem ser filhos de Deus; e a não ser que eles se separem de Satanás e se apeguem a Jesus, Justiça nossa, a maldição de Deus estará sobre os que têm tido grande luz, mas preferiram andar nas trevas. "Passou, então, Jesus, a increpar as cidades nas quais Ele operara numerosos milagres, pelo fato de não se terem arrependido. Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza. E contudo vos digo: No dia do juízo haverá menos rigor para Tiro e Sidom, do que para vós outros. Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje. Digo-vos, porém, que menos rigor haverá no dia do juízo para com a terra de Sodoma, do que para contigo." FEC 259 1 É algo terrível ter grande luz e bênção, ter muitas oportunidades e privilégios, e não usá-los, entretanto, para a salvação. Os que não aproveitam as oportunidades para salvar-se, serão condenados pelos privilégios que Deus lhes concedeu; mas os que andam na luz terão cada vez maior luz. Os que tiveram a luz da verdade, mas deixaram de andar na luz, encontram-se sob a mesma sentença condenatória que Corazim e Betsaida. Não deverão ser atendidas tais advertências? Não deverão tais admoestações exercer um impacto sobre nós? No futuro próximo será visto com exatidão quem andou humildemente com Deus e quem obedeceu a Suas ordens. Os que caminharam nas faíscas que eles mesmos acenderam estarão cheios de tristeza. Ver-se-á que cometeram um terrível erro. Oh! despertemos! A luz está brilhando agora; sejam abertas as janelas da mente e do coração a fim de acolher os raios enviados pelo Céu. Terá Jesus de dizer dos que professam obedecer à verdade mas recusam andar em sua luz: "Neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos, e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por Mim curados"? -- Christian Education, (Suplemento), 1893. ------------------------Capítulo 35 -- Aos professores FEC 260 1 Todos os que têm de lidar com a educação da classe mais nova de estudantes devem considerar que essas crianças são afetadas pela atmosfera reinante, e sentem as suas impressões, quer seja agradável quer desagradável. FEC 260 2 Se o professor está ligado com Deus, se Cristo habita em seu coração, o espírito nutrido por ele é percebido pelas crianças. Quando um professor manifesta impaciência ou irritabilidade para com uma criança, esta talvez não tenha nem metade da culpa que cabe ao professor. Os mestres ficam cansados com seu trabalho, e então qualquer coisa que as crianças dizem ou fazem não se harmoniza com os seus sentimentos; consentirão, porém, que neles penetre o espírito de Satanás, incentivando-os a suscitar nas crianças sensações muito desagradáveis e molestas, por sua própria falta de tato e de sabedoria proveniente de Deus? Não se deve empregar um professor a menos que se tenha provas bem concretas de que ele ama a Deus e receia ofendê-Lo. Caso os professores sejam ensinados por Deus, se aprendem diariamente na escola de Cristo, labutarão segundo as normas de Cristo. Cativarão e atrairão com Ele; pois toda criança e todo jovem são preciosos. FEC 260 3 Todo professor necessita de que Cristo habite em seu coração pela fé, e de possuir genuíno espírito de abnegação e sacrifício por amor a Cristo. O indivíduo pode ter suficiente educação e conhecimento nas ciências para lecionar; mas foi averiguado se ele possui tato e sabedoria para lidar com mentes humanas? Se os mestres não têm no coração o amor de Cristo, não se acham habilitados para serem postos em contato com crianças e para assumir as solenes responsabilidades colocadas sobre eles, de educar tais crianças e jovens. Eles mesmos carecem da educação e do preparo mais elevado e não sabem como lidar com mentes humanas. O espírito de seu próprio coração natural e insubordinado procura assumir o controle, e submeter o maleável intelecto e caráter das crianças a semelhante disciplina, equivale a deixar na mente cicatrizes e lesões que jamais se dissiparão. FEC 261 1 Caso o professor não possa ser levado a sentir a responsabilidade e o cuidado que sempre deveria revelar ao lidar com mentes humanas, sua educação tem sido, nalguns casos, muito imperfeita. A instrução recebida na vida familiar tem sido prejudicial para o caráter, e é deplorável que esse caráter e essa orientação deficiente se reproduzam nas crianças colocadas sob a sua direção. Somos submetidos à prova diante de Deus para ver se podemos fazer parte individualmente do número de remidos de que se comporá a família no Céu. "Vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." FEC 261 2 São aqui representados o grande trono branco e Aquele que nele Se assenta, de cuja presença fugiram a Terra e o céu. Todo professor deve considerar que realiza sua obra à vista do Universo celestial. Toda criança com que o professor é posto em contato foi adquirida pelo sangue do Filho unigênito de Deus, e Aquele que morreu por essas crianças quer que sejam tratadas como Sua propriedade. Certificai-vos, professores, de que vosso contato com cada uma dessas crianças seja de tal natureza que não tenhais de envergonhar-vos quando vos encontrardes com elas no grande dia em que toda palavra e ação passar em revista diante de Deus e, com o seu fardo de resultados, patentear-se perante vós individualmente. "Comprados por preço" -- oh! que preço, só a eternidade o poderá revelar! FEC 261 3 O Senhor Jesus Cristo tem infinita ternura para com os que Ele comprou à custa de Seus próprios sofrimentos na carne, a fim de que não perecessem com o diabo e seus anjos, mas pudessem ser por Ele reclamados como Seus escolhidos. São eles a reivindicação de Seu amor, de Sua propriedade peculiar; e contempla-os com inexprimível afeto, dando a fragrância de Sua própria justiça a Seus amados que nEle crêem. É preciso tato e sabedoria, humano amor e santificada afeição pelos preciosos cordeiros do rebanho, a fim de levá-los a ver e apreciar o privilégio de se submeterem à terna guia dos pastores fiéis. Os filhos de Deus exercerão a mansidão de Jesus Cristo. FEC 262 1 Mestres, Jesus Se encontra em vossa escola todos os dias. Seu grande coração de infinito amor é atraído, não somente para as crianças mais bem comportadas, que vivem nos mais favoráveis ambientes, mas para aquelas que receberam por herança objetáveis traços de caráter. Os próprios pais não têm compreendido quanto são responsáveis pelas qualidades desenvolvidas nos filhos, não tendo sabedoria e ternura para lidar com essas pobres crianças, a quem fizeram o que são. Deixam de remontar à causa dessas desalentadoras manifestações que constituem uma provação para eles. Jesus, porém, contempla com piedade e amor essas crianças, pois Ele vê e raciocina da causa para o efeito. FEC 262 2 O professor ou a professora pode ligar essas crianças a seu coração por meio do amor de Cristo habitando no templo da alma como doce fragrância, como aroma de vida para vida. Os professores podem, mediante a graça de Cristo a eles comunicada, ser o vivo instrumento humano -- ser cooperadores de Deus -- para iluminar, enaltecer, animar e ajudar a purificar a alma de sua contaminação moral; e a imagem de Deus será revelada na alma da criança, transformando-se o caráter pela graça de Cristo. FEC 263 3 Quando devidamente representado pelos que pretendem ser cristãos, o evangelho é o poder e a sabedoria de Deus. Cristo crucificado por nossos pecados deve humilhar em sua própria estima toda alma perante Deus. Cristo ressuscitado dentre os mortos, assunto ao Céu, nosso vivo Intercessor na presença de Deus, é a ciência da salvação que precisamos aprender e ensinar às crianças e aos jovens. Jesus declarou: "A favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados." É esta a obra que sempre recai sobre cada professor. Não se deve fazer nenhum trabalho descuidado neste sentido, pois até a educação das crianças nas escolas diárias requer muito da graça de Cristo e subjugação do próprio eu. Os que são naturalmente irritáveis, facilmente provocados, e têm acariciado o hábito de criticar e pensar mal, deveriam ter outra espécie de trabalho, que não reproduza, nas crianças e nos jovens, qualquer de seus traços desagradáveis de caráter, pois aqueles custaram preço demasiado alto. O Céu vê na criança o homem ou a mulher não desenvolvidos, com aptidões e poderes que, corretamente orientados e desenvolvidos, com sabedoria celestial, tornar-se-ão as instrumentalidades humanas pelas quais as influências divinas podem cooperar, para serem coobreiros de Deus. Palavras ásperas e contínua censura confundem, mas não reformam a criança. Não pronuncieis essa palavra irritada; conservai vosso próprio espírito sob a disciplina de Jesus Cristo; aprendereis então a ter compaixão e simpatia para com os que estiverem sob vossa influência. Não vos mostreis impacientes nem ásperos; pois, se essas crianças não precisassem educar-se, não necessitariam das vantagens da escola. Elas devem ser paciente, bondosa e amorosamente ajudadas ao subir a escada do progresso, subindo degrau após degrau na obtenção de conhecimentos. FEC 263 1 É uma instrumentalidade que opera diariamente que deve ser posta em exercício, uma fé que atua pelo amor e purifica a alma do educador. É a revelada vontade de Deus acatada como vossa autoridade suprema? Se Cristo, a esperança da glória, é formado no interior, a verdade de Deus agirá de tal maneira sobre vosso temperamento natural, que seu poder transformador será revelado num caráter transformado, e não convertereis a verdade de Deus em mentira perante qualquer de vossos alunos, por vossa influência mediante as manifestações de não santificado coração e temperamento; nem revelareis que a graça de Cristo não é suficiente para vós em todas as ocasiões e em todos os lugares, por vossa exteriorização de um temperamento egoísta, impaciente e que não se assemelha ao de Cristo, ao lidar com a mente humana. Evidenciareis, assim, que a autoridade de Deus sobre vós não é meramente nominal, mas em realidade e verdade. Deve haver uma separação de tudo o que é objetável ou não cristão, por mais difícil que seja para o verdadeiro crente. FEC 264 1 Indagai, professores que realizais a vossa obra não só para o presente mas para a eternidade: O amor de Cristo constrange meu coração e minha alma ao lidar com as preciosas almas pelas quais Jesus deu Sua própria vida? Sob Sua disciplina constrangedora, são dissipados velhos traços de caráter que não se harmonizam com a vontade de Deus, e substituídos por outros inteiramente diferentes? FEC 264 2 "Dar-vos-ei coração novo." Todas as coisas tornaram-se novas por meio de vossa conversão ao Senhor Jesus Cristo? Por palavras e laborioso esforço, estais semeando tal semente nestes jovens corações que podeis convidar o Senhor a regá-la, para que, com Sua justiça imputada, se transforme numa esplêndida colheita? Perguntai a vós mesmos: Por minhas próprias palavras não santificadas e impaciência, e por falta da sabedoria do alto, será que estou confirmando estes jovens em seu próprio espírito perverso, por verem que seu professor tem um espírito contrário ao de Cristo? Se eles morrerem em seus pecados, acaso não serei responsável por sua alma? A alma que ama a Jesus, que aprecia o poder salvador de Sua graça, sentirá tal atração por Cristo que desejará trabalhar segundo as Suas normas. Ele não pode nem ousará deixar que Satanás controle seu espírito e que sua alma seja circundada de pernicioso miasma. Será posto de lado tudo o que corrompe a sua influência, porque se opõe à vontade de Deus e faz perigar a alma das preciosas ovelhas e dos cordeiros. Compete-lhe velar pelas almas, como quem deve prestar contas. Onde quer que, em Sua providência, Deus nos tenha colocado, seremos guardados por Ele; a nossa força será como os nossos dias. FEC 264 3 Todo aquele que transige com seus sentimentos e impulsos naturais torna-se débil e indigno de confiança, pois é um conduto pelo qual Satanás pode comunicar-se para manchar e corromper muitas almas. Esses pecaminosos acessos que controlam a pessoa tendem a enervá-la, e ignomínia e confusão constituem o infalível resultado. O espírito de Jesus Cristo sempre exerce um poder renovador e restaurador sobre a alma que se compenetra de sua própria debilidade e corre para o Ser imutável que pode outorgar graça e poder para resistir ao mal. Nosso Redentor tinha uma natureza humana muito compreensiva. Seu coração sempre se comovia diante do manifesto desamparo da criancinha exposta a maus-tratos; pois Ele amava as crianças. O mais fraco clamor do sofrimento humano jamais chegava inutilmente ao Seu ouvido. E todos os que assumem a responsabilidade de instruir os jovens depararão com corações empedernidos, disposições perversas, e sua obra é cooperar com Deus na restauração de Sua imagem moral em cada criança. Jesus -- precioso Jesus -- havia em Sua alma um completo manancial de amor. Os que ensinam as crianças devem ser homens e mulheres de princípios. FEC 265 1 A vida religiosa de um grande número de indivíduos que professam ser cristãos é de molde a revelar que não são cristãos. Estão constantemente representando mal a Cristo, falsificando-Lhe o caráter. Não percebem a importância dessa transformação de caráter, e que precisam adaptar-se a Sua semelhança divina. Às vezes exibirão também ao mundo um falso aspecto do cristianismo, que causará a ruína das almas colocadas em associação com eles, pelo próprio motivo de que, embora professem ser cristãos, não se acham sob a direção de Jesus Cristo. Seus traços de caráter hereditários e cultivados são acariciados como preciosas habilitações, quando, em realidade, exercem deletéria influência sobre outras mentes. Em termos bem claros e simples, caminham nas faíscas que eles mesmos acenderam. Possuem uma religião sujeita às circunstâncias e controlada por elas. Se tudo parece correr da maneira que lhes apraz, e não há circunstâncias irritantes que ponham a descoberto sua natureza insubmissa e que não se assemelha à de Cristo, são condescendentes e agradáveis, e serão muito atraentes. Quando ocorrerem certas coisas na família ou em sua associação com outros, que perturbem sua paz e provoquem seu mau gênio, se colocarem todas as circunstâncias diante de Deus e continuarem a fazer seu pedido, suplicando Sua graça antes de se empenharem nas tarefas diárias como professores, e conhecerem por si mesmos o poder e a graça e o amor de Cristo habitando em seu próprio coração antes de iniciarem suas labutas, anjos de Deus são levados com eles para a sala de aula. Se entrarem, porém, na sala de aula com um espírito exasperado e irritado, a atmosfera moral que circunda sua alma deixará sua impressão sobre as crianças que se acham sob os seus cuidados, e, em vez de estarem habilitados para instruir as crianças, necessitam de alguém para ensinar-lhes as lições de Jesus Cristo. FEC 266 1 Todo professor que aceita a responsabilidade de educar as crianças e os jovens deve examinar-se a si mesmo e raciocinar criteriosamente da causa para o efeito. A verdade de Deus tomou posse de minha alma? Tem sido introduzida em meu caráter a sabedoria que provém de Jesus Cristo, a qual "é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento"? Enquanto ocupo a responsável posição de educador, acalento o princípio de que "é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz"? A verdade não deve ser guardada para ser posta em prática quando isto nos aprouver, mas em todas as ocasiões e em todos os lugares. FEC 266 2 Mentes equilibradas e caracteres simétricos requerem-se como ensinadores em todos os ramos. Não confieis esta obra às mãos de moços e moças que não sabem como tratar com as mentes humanas. Tão pouco sabem eles do poder controlador da graça sobre seu próprio coração e caráter, que precisam desaprender e aprender inteiramente novas lições da experiência cristã. Jamais aprenderam a manter sua própria alma e caráter sob a disciplina de Jesus Cristo e a levar-Lhe cativos os pensamentos. No trato com crianças e jovens deparam-se todas as espécies de caracteres. Sua mente é impressionável. Algo que se pareça com uma exibição precipitada e impulsiva por parte da professora pode eliminar sua influência para o bem sobre os estudantes a quem pretende estar educando. E contribuirá tal educação para o bem-estar eterno, presente e futuro, das crianças e dos jovens? Para seu benefício espiritual, é mister exercer sobre eles a devida influência. Devem ser dadas constantemente instruções para estimular as crianças na formação de hábitos corretos de linguagem, voz e comportamento. FEC 267 1 Muitas dessas crianças não tiveram no lar o necessário cultivo. Foram dolorosamente negligenciadas. Algumas foram deixadas a fazer o que bem entendiam; outras foram censuradas e desencorajadas. Entretanto, pouca delicadeza e boa disposição têm sido mostradas para com elas, e apenas poucas palavras de aprovação se lhes têm dito. Herdaram o caráter defeituoso dos pais, e a disciplina aplicada por esses caracteres defeituosos foi repreensível na formação do caráter. Não se tem colocado na construção do caráter material sólido. Não há obra mais importante a fazer do que a educação e o cultivo desses jovens e crianças. Os mestres que trabalham nesta parte da vinha do Senhor precisam aprender primeiro como se tornarem senhores de si, mantendo sob controle seu próprio gênio e sentimentos, em sujeição ao Santo Espírito de Deus. Devem apresentar a evidência de não possuírem uma experiência unilateral, porém, mente bem equilibrada e caráter de tal maneira simétrico que neles se possa confiar, por serem cristãos conscienciosos e estarem eles próprios debaixo da orientação do grande Professor, o qual declarou: "Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Aprendendo então diariamente na escola de Cristo, podem educar as crianças e os jovens. FEC 267 2 Cultivando-se e dominando-se, sob a disciplina na escola de Cristo, entretendo viva ligação com o grande Mestre, terão conhecimento inteligente da religião prática; e, conservando a própria alma no amor de Deus, saberão exercer a graça da paciência e da suavidade cristã. A paciência, o amor, a longanimidade e a terna simpatia são postas em atividade. Eles discernirão que têm um importantíssimo campo a cultivar na vinha do Senhor. Devem elevar o coração a Deus em sincera oração: Sê Tu o meu modelo; e então, contemplando a Jesus, eles farão a obra de Jesus Cristo. Disse Jesus: "O Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai." O mesmo acontece com os filhos e filhas de Deus; eles olham firme e docilmente para Jesus, não fazendo nada como é do seu agrado e segundo sua própria vontade e prazer; mas o que, nas lições de Cristo, têm visto seu Modelo fazer, isso eles também fazem. Representam assim, aos estudantes sob sua instrução, o caráter de Jesus Cristo, em todos os tempos e ocasiões. Eles captam os brilhantes raios do Sol da Justiça e refletem esses preciosos raios sobre as crianças e os jovens a quem estão educando. A formação de hábitos corretos deve deixar sua impressão sobre a mente e o caráter das crianças, para que pratiquem o que é direito. Significa muito colocar tais crianças sob a influência direta do Espírito de Deus, educando e disciplinando-as na doutrina e admoestação do Senhor. A formação de hábitos corretos e a manifestação do devido espírito requerem diligentes esforços no nome e na força de Jesus. O mestre precisa perseverar, apresentando preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, com toda a longanimidade e paciência, simpatia e amor, ligando essas crianças a seu coração pelo amor de Cristo revelado em sua própria pessoa. FEC 268 1 Esta verdade, no mais alto sentido, pode ser demonstrada e exemplificada diante das crianças. "Capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas. E, por esta razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, assim do povo, como de si mesmo." FEC 268 2 Os professores devem ter isso em mente e nunca perdê-lo de vista quando propendem a ficar com os ânimos acirrados contra as crianças e os jovens por causa de algum mau procedimento; lembrem-se de que os anjos de Deus os contemplam com tristeza; porque se as crianças erram e se portam mal, é tanto mais necessário que as pessoas colocadas sobre elas como professores sejam capazes de ensiná-las por preceito e exemplo. Em caso algum devem perder o domínio próprio, manifestar impaciência e aspereza, e falta de simpatia e amor; pois essas crianças são a propriedade de Jesus Cristo, e os professores têm de ser muito cuidadosos e tementes a Deus no tocante ao espírito que acariciam e às palavras que proferem, pois as crianças captarão o espírito manifestado, quer seja bom ou mau. Isto é uma pesada e sagrada responsabilidade. FEC 269 1 Requerem-se professores que sejam ponderados, que tomem em consideração suas próprias debilidades, deficiências e pecados, e que não sejam despóticos nem desanimem as crianças e os jovens. É necessário haver muita oração, muita fé, muita clemência e coragem, que o Senhor está pronto a outorgar. Pois Deus vê toda provação, e os professores podem exercer maravilhosa influência se praticarem as lições que Cristo lhes tem dado. Considerarão, porém, esses professores sua própria conduta obstinada, visto que fazem mui débeis esforços para aprender na escola de Cristo e praticar mansidão cristã e humildade de coração? Os próprios mestres devem encontrar-se em obediência a Jesus Cristo e estar sempre praticando Suas palavras, para que exemplifiquem o caráter de Jesus Cristo aos estudantes. Deixai brilhar a vossa luz em boas obras, em fiel vigilância e solicitude em favor dos cordeiros do rebanho, com paciência, com ternura e com o amor de Jesus em vosso próprio coração. FEC 269 2 Colocar nesse setor moços e moças que não desenvolveram profundo e ardente amor a Deus e às almas pelas quais Cristo morreu, é cometer um erro que redundará na perda de muitas almas preciosas. O professor precisa ser suscetível às influências do Espírito de Deus. Ninguém que se tome impaciente e irritado deve ser um educador. Os professores devem considerar que estão lidando com crianças, não com homens e mulheres. São crianças que têm tudo a aprender, e algumas têm muito mais dificuldade do que outras para fazê-lo. O aluno de mente obtusa necessita de muito mais encorajamento do que tem recebido. Se forem colocados sobre esses espíritos diferentes professores que se deleitam naturalmente em dar ordens, mandar e engrandecer-se a si mesmos em sua autoridade, que procederão com parcialidade, tendo favoritos aos quais darão preferências, enquanto outros são tratados com exatidão e severidade, produzir-se-á um estado de confusão e insubordinação. Professores que não tiveram uma experiência deleitosa e bem equilibrada podem ser escolhidos para tomar conta de crianças e jovens, mas é causado grande dano aos que são instruídos por eles. Os pais devem encarar esta questão sob um aspecto diferente. Eles devem sentir que é seu dever cooperar com o professor, incentivar sábia disciplina e orar muito por aquele que está ensinando os seus filhos. Não ajudareis as crianças irritando-as, censurando-as ou desalentando-as; tampouco desempenhareis uma boa parte ajudando-as a rebelar-se, e a ser desobedientes, indelicadas e desamáveis, devido ao espírito que desenvolveis. Se realmente sois cristãos, Cristo estará habitando em vós e tereis o espírito dAquele que deu a vida pelos pecadores; e a sabedoria de Deus ensinar-vos-á em toda emergência qual o procedimento a ser adotado. FEC 270 1 As crianças têm necessidade de que sejam exercidos sobre elas e praticados à sua frente constantes, firmes e vivos princípios de justiça. Assegurai-vos de deixar brilhar a verdadeira luz diante de vossos alunos. Há falta da luz do Céu. Nunca permitais que o mundo tenha a impressão de que vosso espírito, gostos e aspirações não são de natureza mais elevada e pura do que os das pessoas mundanas. Se nas vossas ações causais esta impressão sobre eles, fazeis com que uma luz falsa e enganosa os conduza à ruína. A trombeta tem que dar o sonido certo. Foi traçada pelo Deus eterno ampla, clara e profunda linha demarcatória entre os justos e os injustos, entre os piedosos e os perversos, entre os que são obedientes aos mandamentos de Deus e os que são desobedientes. FEC 270 2 A escada que Jacó contemplou na visão noturna -- cuja base assenta na Terra e o degrau mais elevado atinge os mais altos Céus; estando o próprio Deus acima da escada e incidindo Sua glória sobre cada degrau; anjos subindo e descendo sobre essa escada de fulgurante esplendor -- é um símbolo da constante comunicação mantida entre este mundo e os lugares celestiais. Deus executa Sua vontade por intermédio de anjos celestes em contínua comunicação com a humanidade. Essa escada revela um direto e importante meio de comunicação com os habitantes da Terra. Ela representou para Jacó o Redentor do mundo que une a Terra com o Céu. Todo aquele que tem visto a evidência e a luz da verdade e que aceita a verdade, professando sua fé em Jesus Cristo, é um missionário no mais alto sentido da palavra. É o recebedor de tesouros celestiais, e é seu dever transmiti-los, difundindo o que recebeu. FEC 271 1 Então, aos que são aceitos como professores em nossas escolas, está aberto um campo para ser trabalhado e cultivado para a semeadura da semente e a colheita do grão amadurecido. Que pode proporcionar maior satisfação do que ser cooperador de Deus na educação e preparo das crianças e jovens para amarem a Deus e guardarem os Seus mandamentos? Guiai a Jesus as crianças que estais instruindo na escola da igreja e na Escola Sabatina. Que vos pode dar maior gozo do que ver crianças e jovens seguindo a Cristo, o grande Pastor, o qual chama e as ovelhas e os cordeiros ouvem-Lhe a voz e O seguem? Que pode espargir mais luz na alma do obreiro devotado e interessado do que saber que seu perseverante e paciente esforço não foi vão no Senhor, e ver seus alunos com o brilho do Sol na alma porque Cristo lhes perdoou os pecados? Que pode dar mais satisfação ao coobreiro de Deus, do que ver crianças e jovens recebendo as impressões do Espírito de Deus em verdadeira nobreza de caráter e na restauração da imagem moral de Deus -- crianças buscando a paz que vem do Príncipe da paz? É a verdade uma servidão? Sim, em certo sentido: ela prende as almas voluntárias em sujeição a Jesus Cristo, submetendo seu coração à bondade de Jesus Cristo. Oh! apresentar em cada esforço missionário a Jesus Cristo, e Este crucificado, significa muito mais do que as mentes finitas podem compreender. "Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." "Àquele que não conheceu pecado, Ele O fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus." Esta deve ser a preocupação de nossa obra. Se alguém se julga capaz de ensinar na Escola Sabatina, ou na escola primária, a ciência da educação, necessita primeiro aprender o temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria, para que possa ensinar esta ciência, a mais alta de todas. FEC 272 1 "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." "Eu lhes tenho transmitido as palavras que Me deste e eles as receberam e verdadeiramente conheceram que saí de Ti, e creram que Tu Me enviaste." Aqui é apresentada diante de nós a obra de ser representantes de Cristo, assim como Ele foi o representante do Pai em nosso mundo. Devemos ensinar as palavras que nos são dadas nas lições de Cristo. "Eu lhes tenho transmitido as palavras que Me deste." Temos a nossa obra, e todo instrutor dos jovens em qualquer aspecto deve receber num coração bom e honesto o que Deus expôs e registrou em Sua Santa Palavra nas lições de Cristo, aceitando humildemente as palavras da vida. Achamo-nos no dia antitípico de expiação, e não somente devemos humilhar o coração diante de Deus e confessar os nossos pecados, mas também, por meio de todo o nosso talento educacional, procurar instruir aqueles com quem entramos em contato e levá-los por preceito e exemplo a conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. FEC 272 2 Oh! quanto almejo que o Senhor do Céu abrisse muitos olhos que agora se acham cegados, para que vissem a si mesmos como Deus os vê, e para dar-lhes uma compreensão da obra a ser realizada nos campos de labuta. Não tenho, porém, esperança de que todos os apelos que faço produzam resultado, a não ser que o Senhor fale à alma e escreva Seus requisitos nas tábuas do coração. Não pode todo instrumento humano que ora vive ter uma elevada compreensão do que significa o fato de estar designado para ele um vasto e importante campo de atividade missionária, sem a necessidade de ir a regiões longínquas? E, embora alguns tenham de proclamar a mensagem de misericórdia aos que se encontram em lugares remotos, muitos outros devem proclamar a mensagem aos que estão perto deles. Nossas escolas devem ser estabelecimentos educativos que habilitem os jovens a tornarem-se missionários tanto por preceito como pelo exemplo. Tenham sempre em mente os que desempenham o papel de professores, que essas crianças e jovens constituem a aquisição do sangue do Filho de Deus. Precisam ser levados a crer em Cristo como seu Salvador pessoal. O nome de cada crente está gravado nas palmas de Suas mãos. O Supremo Pastor está olhando do santuário celestial para as ovelhas de Seu pasto. "Ele chama pelos nomes as Suas próprias ovelhas e as conduz para fora." "Se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo." Oh! que preciosa e bendita verdade! Ele não trata nenhum caso com indiferença. FEC 273 1 Sua impressionante parábola do bom pastor representa a responsabilidade de todo ministro e de todo cristão que aceitou a posição de professor de crianças e jovens, e professor de velhos e moços, em abrir as Escrituras para eles. Se alguém se afasta do aprisco, não é buscado com palavras ásperas e com um chicote, mas com atrativos convites para voltar. As noventa e nove ovelhas que não se desgarraram não despertam o compassivo interesse e o terno e piedoso amor do pastor. Mas ele busca as ovelhas e os cordeiros que mais ansiedade lhe causaram, e absorveram mais profundamente sua compaixão. O desinteressado e fiel pastor deixa o resto das ovelhas, concentrando todo o seu coração e alma e todas as suas energias em encontrar a perdida. Em seguida, o quadro -- graças a Deus! -- o pastor regressa com a ovelha nos braços, regozijando-se a cada passo. "Alegrai-vos comigo -- diz ele - porque já achei a minha ovelha perdida." Sinto-me tão grata de que, na parábola, tenha sido encontrada a ovelha. E esta é justamente a lição que o pastor tem a aprender -- êxito no trazer de volta as ovelhas e os cordeiros. FEC 274 1 Não nos é apresentada à imaginação a cena de um contristado pastor voltando sem a ovelha. E o Senhor Jesus declara que o prazer e a alegria do pastor por encontrar a ovelha causam prazer e regozijo entre os anjos no Céu. A sabedoria de Deus, Seu poder e amor, são sem paralelo. São eles a divina garantia de que ninguém, mesmo das extraviadas ovelhas e cordeiros, é passado por alto, nem abandonado sem socorro. Uma cadeia de ouro -- a misericórdia e a compaixão do poder divino -- é passada em torno dessas almas periclitantes. Não haverá então o instrumento humano de cooperar com Deus? Deverá ele mesmo ser pecaminoso, deficiente e falto de caráter, indiferente à alma prestes a perecer? Cristo ligou-o a Seu trono eterno pelo sacrifício de Sua própria vida. FEC 274 2 A descrição que Zacarias faz de Josué, o sumo sacerdote, é uma impressionante representação do pecador pelo qual Cristo está intercedendo para que seja levado ao arrependimento. Satanás acha-se em pé à mão direita do Advogado, resistindo à obra de Cristo e pleiteando contra Ele que o homem é sua propriedade, visto que o escolheu como seu dominador. Mas o Defensor do homem, o Restaurador, o mais poderoso dos poderosos, ouve os reclamos e as alegações de Satanás, e lhe responde: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: não é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo. Então falando, ordenou aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos. E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos; e o anjo do Senhor estava ali". (Versão de Almeida, não revisada.) FEC 275 1 Todo professor que assume a responsabilidade de lidar com espíritos humanos tenha em mente que toda alma que propende a errar e é tentada com facilidade constitui o especial objeto da solicitude de Cristo, seu advogado. Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. O compassivo Intercessor está pleiteando, e irão pecaminosos e finitos homens e mulheres repelir uma alma que seja? FEC 275 2 Deverá qualquer homem ou mulher ser indiferente para com as próprias almas pelas quais Cristo está pleiteando nas cortes celestiais? Em vosso modo de ação, deveis imitar os fariseus, que eram impiedosos, e Satanás, que acusa e destrói? Oh! humilhareis individualmente a própria alma diante de Deus, permitindo que sejam subjugados e quebrantados esses nervos inflexíveis e essa férrea vontade? FEC 275 3 Afastai-vos da voz de Satanás e de fazer sua vontade, e colocai-vos ao lado de Jesus, apoderando-vos de Seus atributos, o Possuidor de vivas e ternas sensibilidades, o qual pode tornar Sua própria a causa dos aflitos e sofredores. Aquele a quem muito se perdoou, muito amará. Jesus é um compassivo Intercessor, misericordioso e fiel sumo sacerdote. Ele, a Majestade do Céu -- o Rei da glória -- pode contemplar o homem finito, sujeito às tentações de Satanás, sabendo que Ele sentiu o poder dos ardis de Satanás. "Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos [revestindo Sua divindade com a humanidade], para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados." FEC 275 4 Insto, portanto, convosco, meus irmãos, a que experimenteis labutar segundo as normas em que Cristo labutou. Jamais deveis vestir o manto da severidade e condenar e denunciar, afugentando do aprisco pobres e tentados mortais; mas, como cooperadores de Deus, curai os que se acham espiritualmente enfermos. Fareis isto se tiverdes a mente de Cristo. "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado." "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da Terra, nem Se cansa nem Se fatiga? Não se pode esquadrinhar o Seu entendimento." -- Christian Education, 1893. ------------------------Capítulo 36 -- Suspensão de estudantes FEC 277 1 Desejo que compreendais uma coisa, a saber: que não tenho estado de acordo com a expulsão de estudantes da escola, a não ser que a depravação humana e a gritante licenciosidade tornem isso necessário, para que outros não sejam corrompidos. Tem havido erro em mandar embora da escola estudantes, como no caso de _____, de _____ e outros casos, o que tem sido um grande mal, e almas tratadas desse modo têm aberto diante de si um procedimento que as tem retido nas fileiras do adversário, como inimigos armados e equipados. Além disso, no que respeita a tornar públicos à escola os erros dos estudantes, tenho sido levada a ver e ouvir alguns desses desmascaramentos, sendo-me então mostrada a sua influência posterior. Isso tem sido prejudicial em todos os sentidos e não exerce benéfica influência sobre a escola. Se os que desempenham uma parte nessas coisas possuíssem o espírito e a sabedoria de Cristo, teriam discernido um meio de corrigir as dificuldades existentes mais à semelhança de Jesus Cristo. Nunca se auxilia um estudante humilhando-o perante toda a escola. Isso provoca uma ferida que mortifica. Não sara nem cura coisa alguma. Há estudantes que são suspensos da escola. Por este ato são arremessados no campo de batalha de Satanás a fim de competirem com principados e potestades, sem armadura ou defesa, para tornarem-se fácil presa dos ardis de Satanás. Permiti que vos fale uma palavra em nome do Senhor. Quando é adotado um procedimento adequado, nos casos em que os estudantes parecem ser desencaminhados com tanta facilidade, não haverá necessidade de suspensão ou expulsão. Há uma maneira correta, e o Espírito do Senhor precisa enternecer o instrumento humano, pois do contrário serão cometidos graves erros. Lidar com mentes humanas é a mais bela obra que já foi empreendida por seres humanos. Os professores devem considerar que não estão lidando com anjos, porém com seres humanos com idênticas paixões que eles próprios. Os caracteres não são formados num só molde. Há aspectos de caráter de toda a espécie recebidos como herança pelas crianças. São assim revelados os defeitos e as virtudes dos traços de caráter. Que todo mestre leve isto em consideração. A deformidade hereditária e cultivada do caráter humano, bem como a beleza de caráter, terão de ser enfrentadas, e muita graça cultivada no mestre a fim de saber como lidar com os errantes para seu bem presente e eterno. O impulso, a impaciência, o orgulho, o egoísmo e a presunção, se acariciados, causarão grande número de males que podem lançar a alma no campo de batalha de Satanás, sem sabedoria para dirigir a embarcação, mas estando em perigo de ser arremessada de uma parte para a outra, ao bel-prazer das tentações de Satanás, até naufragar. FEC 278 1 Todo professor tem de vigiar seus próprios traços peculiares de caráter para que Satanás não o use como seu agente para destruir almas, por meio dos seus próprios traços de caráter não consagrados. A única segurança para os professores está em aprenderem diariamente na escola de Cristo, Sua mansidão, Sua humildade de coração; porque então o eu estará escondido em Cristo, e ele tomará pacientemente o jugo de Cristo, considerando que está lidando com Sua herança. Tenho de declarar-vos que me foi mostrado que nem sempre têm sido empregados os melhores métodos ao lidar com os erros e as faltas dos estudantes, e o resultado é que almas têm sido postas em perigo, e algumas se perderam. O mau gênio dos professores, atitudes imprudentes, a própria dignidade, têm realizado nefanda obra. Não existe forma de vício, mundanidade ou embriaguez que efetue mais perniciosa obra sobre o caráter, amargurando a alma e suscitando males que reprimem o bem, do que paixões humanas que não estão sob o domínio do Espírito de Deus. Jamais compensa irar-se, ficar exacerbado e irritado. Quantos pródigos são mantidos fora do reino de Deus pelo desagradável caráter dos que alegam ser cristãos! Ciúme, inveja, orgulho e sentimentos descaridosos, justiça própria, irritar-se com facilidade, pensar o mal, aspereza, ser frio e indiferente -- são estes os atributos de Satanás. Os professores depararão com essas coisas no caráter dos estudantes. É algo terrível ter de lidar com essas coisas; mas, procurando banir esses males, o obreiro tem em muitos casos desenvolvido atributos similares que têm arruinado a alma daquele com quem ele está lidando. FEC 279 1 Não há, realmente, lugar no Céu para tais disposições. O homem com semelhante caráter só tornaria o Céu infeliz, pois ele mesmo é infeliz. "Se não nascerdes de novo", disse Cristo, "não podeis ver o reino de Deus." Para entrar no Céu, a pessoa deve ter Cristo formado em seu íntimo, a esperança da glória, e levar o Céu consigo. Unicamente o Senhor Jesus pode moldar e transformar o caráter. Por falta de paciência, bondade, clemência, altruísmo e amor, as manifestações dos traços de caráter ocorrem involuntariamente quando se está desprevenido, e palavras não cristãs e a falta de semelhança de caráter com Cristo irrompem às vezes para ruína da alma. FEC 279 2 "Não se alegra com a injustiça." Notai isto. O apóstolo queria dizer que onde há o cultivo de genuíno amor por preciosas almas, ele será revelado em favor dos que mais têm necessidade daquela paciência que é longânima e benigna, e não estará propenso a exagerar uma pequena indiscrição ou converter uma injustiça em grandes ofensas imperdoáveis; e não tornará as faltas dos outros de capital importância. O amor às almas pelas quais Cristo morreu não fará o que tem sido feito por meio de concepções errôneas do que competia aos errantes, expondo seus erros e fraquezas perante toda a escola. Como pensais que Jesus tem considerado tais atos? Caso estivesse presente, Ele teria dito aos que faziam essas coisas: "Não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus." Pois nas Escrituras é revelado claramente como se deve lidar com os que erram. Clemência, bondosa consideração, "guarda-te para que não sejas também tentado", abrandariam o coração obstinado e empedernido. O amor de Jesus cobrirá multidão de pecados, para que não aflijam o ofensor nem sejam expostos para suscitar sentimentos de toda a espécie e caráter no coração humano daqueles a quem são revelados tais erros e faltas, e naquele que assim é tratado. Com demasiada frequência, ele é impelido ao desespero. Sua mente acha-se fora do alcance da cura. Ora, a obra é ter a graça de Cristo na alma que nunca, jamais, será culpada de expor as faltas alheias, a menos que seja uma positiva necessidade. Procedei segundo a norma de Cristo. A Testemunha Verdadeira fala em Apocalipse 21:5. Praticai o amor. Nada há no cristianismo que seja excêntrico. FEC 280 1 Se alguém não exercitar o braço, ele se torna fraco e deficiente em energia muscular. A não ser que o cristão exercite suas faculdades espirituais, não adquire força de caráter e vigor moral. O amor é uma planta muito preciosa e precisa ser cultivada a fim de que floresça. A preciosa planta do amor deve ser tratada ternamente (adestrada), e tornar-se-á forte e vigorosa, e rica em produção de frutos, dando expressão a todo o caráter. A natureza semelhante à de Cristo não é egoísta, indelicada, e não ferirá a alma dos que estão lutando com as tentações de Satanás. Penetrará nos sentimentos dos que são tentados a fim de que as provações e tentações sejam conduzidas de tal modo que realcem o ouro e consumam a escória. Esta é a prática que Deus designa para todos. Nessa escola de Cristo todos -- tanto os professores como os alunos -- podem aprender diariamente as suas lições: a ser pacientes, humildes, generosos e nobres. Todos vós tereis de buscar a Deus com o máximo fervor em oração mesclada de fé viva, e a modeladora mão de Deus realçará Sua própria imagem em vosso caráter. Virão tentações, mas não levarão a melhor. Mediante a graça encontrada em abrir o coração à batida e à voz de Jesus, o caráter e a experiência cristã tornam-se cada vez mais belos e celestes. Tenhamos em mente que estamos lidando com almas que Cristo adquiriu para Si mesmo a um preço infinito. Oh! dizei aos errantes: Deus vos ama; Deus morreu por vós. Chorai por eles; orai com eles. Derramai lágrimas sobre eles, mas não fiqueis irados contra eles. Constituem a propriedade adquirida por Cristo. Procurem todos um caráter que expresse amor em todas as suas ações. "Qualquer que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar." Seria melhor não existir do que viver dia após dia destituído desse amor que Cristo revelou em Seu caráter e recomendou a Seus filhos. Cristo disse: "Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei." Vivemos num mundo cruel, insensível, impiedoso. Satanás e sua confederação estão usando todo artifício para seduzir as almas pelas quais Cristo deu Sua preciosa vida. Todo aquele que ama a Deus com sinceridade e verdade, amará as almas pelas quais Cristo morreu. Se desejamos fazer bem às almas, nosso êxito neste sentido será proporcional à sua confiança na confiança e estima que lhes dispensamos. O respeito manifestado à alma humana que luta é o seguro meio através de Cristo Jesus para restauração do respeito próprio perdido pelo homem. Nossas idéias antecipadas do que ele poderá tornar-se são um auxílio que não podemos apreciar completamente. FEC 281 1 Temos necessidade da abundante graça de Deus a todo momento; desfrutaremos então uma experiência valiosa e prática, pois Deus é amor. Quem vive em amor, vive em Deus. Dai amor aos que mais o necessitam. Os mais desventurados, os que têm o temperamento mais desagradável precisam de nosso amor, de nossa ternura, de nossa compaixão. Os que põem à prova a nossa paciência necessitam de mais amor. Passamos pelo mundo só uma vez; qualquer bem que podemos fazer, devemos fazê-lo da maneira mais diligente, incansável, com o mesmo espírito que é declarado a respeito de Cristo em Sua obra. Ele não falhará nem ficará desalentado. Os temperamentos rudes, obstinados, intratáveis, são os que necessitam de mais auxílio. Como podem ser ajudados? Unicamente praticando, ao lidar com eles, aquele amor que Cristo revelou ao homem caído. Podeis tratá-los como merecem. Que seria se Cristo nos tivesse tratado assim? Ele, o Inocente, foi tratado como nós o merecemos. No entanto, somos tratados por Cristo com graça e amor como não merecíamos, mas como Ele merecia. Tratai alguns caracteres como pensais que eles merecem copiosamente, e cortareis deles o último fio de esperança, destruireis vossa influência e arruinareis a alma. Valerá a pena? Não; digo centenas de vezes "não"! Ligai essas almas que necessitam de toda a ajuda que vos é possível conceder-lhes a um coração amoroso, simpatizante, compassivo, transbordante de amor semelhante ao de Cristo, e salvareis da morte uma alma e cobrireis multidão de pecados. Não seria melhor experimentarmos o processo do amor? FEC 282 1 Sede cuidadosos com o que fazeis no âmbito da suspensão de estudantes. Este é um assunto solene. A falta deverá ser muito grave para requerer essa disciplina. Então deve haver meticulosa consideração de todas as circunstâncias relacionadas com o caso. Os estudantes enviados a curta ou longa distância do lar, como milhares e milhares de quilômetros, estão afastados e destituídos das vantagens do lar, e se forem expulsos ser-lhes-ão negados os privilégios da escola. Todas as suas despesas têm de ser cobertas por alguém que teve confiança nesses indivíduos e a esperança de que seu dinheiro não seria investido em vão. O estudante cai em tentação, e tem de ser disciplinado por seu erro. Ele percebe vividamente que seu registro é maculado, e decepciona os que confiaram nele, esperando que desenvolvesse o caráter sob a influência de seu preparo na vida escolar, o qual compensará tudo o que foi investido em seu favor. Mas é suspenso devido ao seu insensato procedimento. Que irá fazer? A coragem encontra-se no ponto mais baixo; a coragem e mesmo a varonilidade não são acalentadas. Ele tem despesas, e é perdido precioso tempo. Quem é terno e bondoso para sentir o peso dessas almas? Não admira que Satanás se prevaleça das circunstâncias. Eles são lançados no campo de batalha de Satanás, e os piores sentimentos do coração humano são postos em exercício, fortalecidos e confirmados. Exponho o caso como me foi apresentado. Quisera que todos pudessem discernir isto como me foi mostrado em todos os seus aspectos. Penso que haveria modificações radicais em numerosas regras e maneiras de lidar com mentes humanas. Haveria maior número de médicos para curar almas humanas e que compreendam como lidar com espíritos humanos. Seria manifestado muito mais perdão, simpatia e amor, e exercidas muito menos influências desalentadoras e destrutivas. Suponhamos que Cristo lidasse com todos os Seus filhos e filhas que dEle tomam conhecimento, como os instrumentos humanos, como os professores lidam com os que se acham sob a sua responsabilidade; que, quando a lei do Senhor, Seus preceitos e injunções são desatendidos por nós, os culpados sejam expulsos ou suspensos, afastando-se o errante de Suas influências salvadoras, enaltecedoras e educativas, e deixando-se que escolha seu próprio caminho e procedimento sem a ajuda divina -- que sucederia com as nossas almas? Seu constante amor perdoador está prendendo a Si mesmo o interesse de nossa alma. Oh! a grandeza do amor de Jesus me deslumbra ao considerá-lo. O jugo de Cristo é suave e o Seu fardo é leve. Quando participarmos mais plenamente do amor de Jesus pela prática, veremos resultados muito diferentes em nosso próprio progresso como cristãos, e na moldagem do caráter dos que são postos em relação conosco. A questão mais difícil para os indivíduos é renunciar ao que julgam ser seus direitos. O amor não procura os seus interesses. O amor de origem divina penetra além da superfície. O amor não se ufana, não se ensoberbece. Fortalecido pela graça de Cristo, o amor não se conduz inconvenientemente. Quem vive em amor, vive em Deus. Deus é amor. Todos necessitamos de amor, bondade, ternura, compaixão e clemência. Expeli da alma todo vestígio de egoísmo ou dignidade humana. FEC 283 1 Quando toda esperança foi excluída de Adão e Eva em conseqüência de transgressão e pecado; quando a justiça requeria a morte do pecador, Cristo Se entregou a Si mesmo como sacrifício pelo pecado do mundo. O mundo estava sob condenação. Cristo tornou-Se substituto e fiador do homem. Daria Sua vida pelo mundo, que é representado como a única ovelha perdida que se desgarrou do aprisco, cuja culpa e desamparo foram lançados contra eles e estorvavam o caminho, impedindo seu regresso. "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." "Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos." Todo filho e filha de Deus, caso neles habite o Salvador, representará a Cristo. Toda alma que não tem a habitação do Salvador revelará este fato pela falta de um caráter semelhante ao de Cristo. O amor não é acalentado e posto em prática. "Exaltemos o Salvador ressuscitado", em nossas palavras, em nossa conversação, em nosso trato com os errantes. FEC 284 1 Pelo peso que é colocado sobre mim, sei que muitos que exercem funções em nossas escolas necessitam eles próprios de aprender, na escola de Cristo, Sua mansidão, Seu terno trato com os errantes, Sua compaixão e amor. Até que sejam desvanecidos e a escória se separe do caráter, trabalharão em contradição. Estou com o coração profundamente angustiado devido a graves resultados que têm seguido a procedimentos insensatos, mais graves do que muitos estão dispostos a admitir perante sua própria consciência ou perante Deus. O eu é tão grande em muitos, sempre lutando pela supremacia! Há os que professam ser seguidores de Jesus Cristo, jamais tendo morrido para o próprio eu. Nunca caíram sobre a rocha, ficando em pedaços. Até que isto se dê, viverão para si mesmos, e se morrerem como estão, será para sempre demasiado tarde para endireitarem os seus erros. Eu amo suas almas, Jesus ama suas almas e realizará uma boa obra por eles, se eles se humilharem sob Sua poderosa mão, arrependerem-se e se converterem, entregando-se cada dia a Deus. Deve ser uma entrega constante, diária. Precisamos ser homens e mulheres expeditos, sempre vigilantes sobre o próprio eu e procurando aproveitar toda oportunidade para fazer o bem, e somente o bem, às almas pelas quais Cristo deu Sua vida para torná-las Sua propriedade. Quando os instrumentos humanos lidam com essas almas em tom severo, magoam o coração de Cristo e O expõem à ignomínia, pois representam mal o caráter de Cristo em seu próprio caráter. Disse alguém: "A Tua clemência me engrandeceu." Suplico a nosso Pai celestial que todos quantos se acham relacionados com nossas escolas permaneçam em Cristo como o ramo está unido à videira viva. -- Carta 50, 1893. ------------------------Capítulo 37 -- Aos estudantes do colégio de Battle Creek FEC 285 1 Tenho mui profundo interesse na instituição educativa de Battle Creek. Durante anos meu esposo e eu estivemos grandemente preocupados com referência a estabelecer uma escola em que nossos jovens e crianças tivessem vantagens de caráter superior às que se encontram nas escolas públicas comuns ou nos colégios do mundo. O Senhor especificou claramente qual deve ser o caráter da influência e instrução que a escola tem, a fim de que seja realizada a importante obra para a qual foi designada a escola. Visto que o conhecimento e o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, era necessário que o estudo da Bíblia ocupasse um lugar proeminente entre os diversos ramos da educação científica. O padrão da escola devia ser de elevada ordem, e os princípios de vital piedade sempre deveriam ser mantidos diante dos estudantes como um aspecto muitíssimo essencial da educação. "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Os jovens deviam ser instruídos acerca dos tempos em que vivemos, e levados a compreender o que sucederá antes do término da história terrestre. FEC 285 2 Uma razão por que era necessário estabelecer nossas próprias instituições era o fato de que os pais não conseguiam neutralizar a influência do ensino que seus filhos estavam recebendo nas escolas públicas, e os erros ali ensinados estavam conduzindo os jovens por falsas veredas. Nenhuma influência poderia exercer mais forte impacto sobre a mente dos jovens e das crianças do que a dos que os estavam educando nos princípios de ciência. Por esta razão era evidente que precisavam ser estabelecidas escolas nas quais nossos filhos fossem instruídos no caminho da verdade. Em nossas escolas foi estipulado que os jovens deviam ser educados nos princípios da temperança bíblica, e deveria ser exercida sobre eles toda influência tendente a ajudá-los a evitar as loucuras deste século degenerado, que rapidamente estavam tornando o mundo como uma segunda Sodoma. FEC 286 1 Em nossas instituições de ensino deveria ser exercida uma influência que neutralizasse a influência do mundo e não desse incentivo à condescendência com o apetite, com a satisfação egoísta dos sentidos, com o orgulho, a ambição, o amor ao vestuário e à ostentação, o amor ao aplauso e à lisonja, e à disputa por elevadas retribuições e honras como recompensa pelo bom desempenho escolar. Tudo isso deveria ser desaconselhado em nossas escolas. Seria impossível evitar essas coisas enviando-os para as escolas públicas, onde seriam postos diariamente em contato com o que contaminaria sua moral. Através do mundo todo havia tão grande negligência da devida disciplina no lar, que as crianças encontradas nas escolas públicas, na maioria dos casos, eram dissolutas e afundadas no vício. FEC 286 2 A obra que nós como um povo devíamos realizar neste sentido era estabelecer uma escola e fazer o trabalho que Jesus Cristo, da coluna de nuvem, indicara ser a obra de Seu povo -- ensinar e educar nossas crianças e jovens a respeitar os mandamentos de Deus. O visível desprezo do mundo pela lei de Deus estava contaminando a moral dos que professavam observar a lei de Deus. Somos porém convidados a seguir o exemplo de Abraão. Disse o Senhor a seu respeito: "Porque Eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor, e pratiquem a justiça e o juízo." FEC 286 3 Abraão teve de deixar sua terra natal e a casa de seu pai e peregrinar numa terra estranha, a fim de introduzir com êxito a nova ordem de coisas em sua família. A providência divina sempre divulgaria novos métodos, e deveria ser feito progresso de geração a geração a fim de preservar no mundo o conhecimento do verdadeiro Deus, de Suas leis e mandamentos. Isto só poderia ser realizado cultivando-se a religião no lar. Mas não era possível para Abraão fazê-lo enquanto se achava cercado de seus parentes e amigos idólatras. Segundo a ordem de Deus, ele devia partir sozinho e atender à voz de Cristo, o dirigente dos filhos de Israel. Jesus estava na Terra para instruir e educar o povo escolhido de Deus. Abraão decidiu obedecer à lei de Deus, e o Senhor sabia que não haveria de sua parte traição de encargos sagrados, nem submissão a qualquer outro guia senão Àquele ao qual se achava na obrigação de obedecer. Ele reconhecia que era responsável pela instrução de sua casa e de seus filhos, e ordenou-lhes que praticassem juízo e justiça depois dele. Ao ensinar-lhes as leis de Deus, mostrou-lhes que o Senhor é nosso Juiz, nosso Legislador e Rei, e que os pais e os filhos devem ser governados por Ele; não deve haver opressão da parte dos pais, nem desobediência da parte dos filhos. FEC 287 1 O Senhor ordenou que Moisés fosse falar com Faraó, dizendo-lhe que deixasse Israel sair do Egito. Haviam estado no Egito durante quatrocentos anos, e tinham estado em servidão aos egípcios. Haviam-se corrompido pela idolatria, e chegou o tempo em que Deus os chamou para fora do Egito, a fim de que pudessem obedecer a Suas leis e guardar o Seu sábado, que Ele instituíra no Éden. Com impressionante grandeza, proferiu para eles os Dez Mandamentos, do Monte Sinai, para que compreendessem o caráter sagrado e duradouro da lei e estabelecessem o fundamento de muitas gerações, ensinando a seus filhos a obrigatoriedade dos santos preceitos divinos. FEC 287 2 Esta é a obra que nos compete realizar. Dos púlpitos das igrejas populares é proclamado que o primeiro dia da semana constitui o sábado do Senhor; mas Deus nos deu luz, mostrando-nos que o quarto preceito do Decálogo é realmente tão obrigatório como os outros nove preceitos morais. É nossa obra explicar para nossos filhos que o primeiro dia da semana não é o verdadeiro sábado e que a sua observância depois de nos ter vindo a luz a respeito de qual é o verdadeiro sábado, constitui idolatria e está em franca oposição à lei de Deus. A fim de dar-lhes instrução no tocante aos reclamos da lei de Jeová, é necessário que separemos nossos filhos das associações e influências mundanas e conservemos diante deles as Escrituras da verdade, educando-os regra sobre regra, preceito sobre preceito, para que não se mostrem desleais a Deus. FEC 288 1 Os protestantes aceitaram o sábado espúrio, o filho do papado, e o têm exaltado acima do sagrado e santificado dia de Deus; e nossas instituições de ensino foram estabelecidas com a explícita finalidade de neutralizar a influência dos que não seguem a Palavra de Deus. Estas razões são suficientes para mostrar a necessidade de possuirmos nossas próprias instituições educacionais; pois devemos ensinar a verdade, e não ficções e falsidades. A escola deve completar a educação do lar; e, tanto no lar como na escola, precisa ser mantida a simplicidade da alimentação, do vestuário e das diversões. Deve ser criada uma atmosfera que não seja deletéria à natureza moral. Regra sobre regra, preceito sobre preceito, nossos filhos e nossas famílias devem ser educados para seguirem o caminho do Senhor, para colocarem-se firmemente ao lado da verdade e da justiça. Devemos manter uma posição contrária a toda espécie de sofismas que confundem as pessoas neste século degenerado, em que o erro está encoberto e tão mesclado com a verdade que quase é impossível, para os que não se acham familiarizados com as distinções que as Escrituras fazem entre as tradições dos homens e a Palavra de Deus, distinguir a verdade do erro. Foi afirmado claramente que neste século "alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios". FEC 288 2 Ao ser introduzida a verdade na vida prática, deve-se elevar a norma cada vez mais, para corresponder aos requisitos da Bíblia. Isto requererá oposição às modas, costumes, práticas e máximas do mundo. Influências mundanas, como as ondas do mar, chocam-se contra os seguidores de Cristo a fim de afastá-los dos verdadeiros princípios da mansidão e da graça de Cristo; mas devem permanecer tão firmes aos princípios como uma rocha. Requererá coragem moral fazer isso, e aqueles cuja alma não está firmada à Rocha eterna, serão arrebatados pela corrente mundana. Só podemos permanecer firmes se nossa vida está escondida com Cristo em Deus. A independência moral será totalmente adequada quando se opõe ao mundo. Sujeitando-nos inteiramente à vontade de Deus, seremos colocados em posição vantajosa e veremos a necessidade de decidida separação dos costumes e práticas do mundo. Não devemos elevar a nossa norma só bem pouco acima do mundo; e, sim, tornar a linha demarcatória decididamente manifesta. FEC 289 1 Há na igreja muitos cujo coração pertence ao mundo, mas Deus insta com os que pretendem crer na verdade avançada a que se ergam acima da presente atitude das igrejas populares de hoje. Onde está a abnegação, onde está o ato de levar a cruz que Cristo disse deveria caracterizar os Seus seguidores? O motivo por que temos tido tão pouca influência sobre os parentes e amigos descrentes é havermos manifestado em nossas práticas pouca diferença decisiva das práticas do mundo. Os pais precisam despertar e purificar a alma pela prática da verdade em sua vida familiar. Quando atingirmos a norma que o Senhor deseja que atinjamos, as pessoas mundanas considerarão os adventistas do sétimo dia como extremistas esquisitos, singulares e austeros. "Porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens." FEC 289 2 Achamo-nos sob o solene e sagrado compromisso para com Deus de educar nossos filhos, não para o mundo, não para porem suas mãos nas mãos do mundo, mas para amarem e temerem a Deus e para guardarem Seus mandamentos. Devemos instruí-los para trabalharem inteligentemente segundo as normas de Cristo, a fim de apresentarem elevado e nobre caráter cristão àqueles com os quais se associam. Por esta razão foram estabelecidas as nossas escolas, para que os jovens e as crianças sejam educados de tal maneira que exerçam no mundo uma influência para Deus. Por que, então, deveriam nossas escolas converter-se ao mundo e seguir seus costumes e modas? "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." FEC 290 1 Quando os que atingiram a idade da juventude e da varonilidade não vêem diferença alguma entre nossas escolas e os colégios do mundo, e não têm preferência no tocante a qual deles irão freqüentar, embora o erro seja ensinado por preceito e exemplo nas escolas do mundo, é então necessário examinar acuradamente as razões que conduzem a semelhante conclusão. Nossas instituições de ensino podem pender para a conformidade mundana. Podem avançar passo a passo em direção ao mundo; são, porém, prisioneiros de esperança, e Deus as corrigirá e iluminará, trazendo-as de volta à sua honrada posição de separação do mundo. Estou observando com intenso interesse, esperando ver nossas escolas completamente imbuídas do espírito de religião pura e sem mácula. Quando estiverem assim imbuídos, os estudantes verão que há uma grande obra a ser feita segundo as normas de acordo com as quais Cristo trabalhava, e o tempo que eles têm dedicado às diversões será empregado para a realização de diligente trabalho missionário. Procurarão fazer o bem a todos quantos se acham ao seu redor, erguer almas curvadas em desalento e iluminar os que estão nas trevas do erro. Revestir-se-ão do Senhor Jesus Cristo e nada disporão para a carne, no tocante às suas concupiscências. -- The Review and Herald, 9 de Janeiro de 1894. ------------------------Capítulo 38 -- Precisa-se de estudantes que cooperem com Deus FEC 291 1 Jesus morreu pela raça humana, e ao dar a Sua vida engrandeceu a humanidade na escala do valor moral para com Deus. O Filho do Deus infinito revestiu Sua divindade com a humanidade e submeteu-Se à morte da cruz, para que pudesse tornar-Se um meio pelo qual a humanidade conseguisse encontrar-se com a divindade. Ele possibilitou que o homem se tornasse participante da natureza divina e se livrasse da corrupção das paixões que há no mundo. Cristo trabalha continuamente para elevar e enobrecer o homem, e requer que toda alma que resgatou da desesperançada miséria coopere com Ele na grandiosa obra de salvar os perdidos. Não devemos armar ciladas e fazer planos secretos para atrair almas à tentação. FEC 291 2 Oh! se todos pudessem ver esta questão da maneira como é apresentada para mim em todos os seus aspectos, quão depressa abandonariam o inimigo em sua ardilosa obra! Como desprezariam suas medidas para induzir a família humana ao pecado! Como odiariam o pecado com a mais completa aversão, ao considerarem o fato de que ele custou a vida do Comandante do Céu, para que não perecessem e o homem não fosse atado como desesperançado cativo ao carro triunfal de Satanás, como degradado escravo de sua vontade, como troféu de sua vitória e de seu reino! FEC 291 3 Quem se unirá com Satanás? Quem usará a sua insígnia? Quem o escolherá como capitão, recusando colocar-se sob o ensanguentado estandarte do Capitão de nossa salvação? Cristo morreu por todo filho e filha de Adão; e se o Filho de Deus manifestou tão surpreendente amor, fazendo este grande sacrifício pelos pecadores, para que, pela fé nEle, não pereçam mas tenham a vida eterna, como pode o objeto desse grande amor ficar indiferente e permanecer em pecado e desobediência, não confessando sinceramente a Cristo sem um momento de dilação? Como pode alguém gostar de fazer o mal? Como podem os jovens aviltar suas faculdades de raciocínio entregando-as a Satanás e dedicando sua influência àquilo que debilitará seu próprio poder e eficiência morais? Fazendo a vontade dAquele que ama ao mundo e que deu Seu Filho unigênito para morrer por eles, fortalecem todas as faculdades da alma e aumentam sua própria felicidade e paz. FEC 292 1 O Senhor honrou grandemente os homens, dando a Jesus Cristo para resgatá-los do domínio de Satanás. Quereis ser resgatados? Quereis ter o precioso dom de Cristo? ou rejeitareis Seu serviço? Jesus disse: "Quem comigo não ajunta, espalha." Ele declarou: "Sem Mim nada podeis fazer" e "a Minha graça te basta." Todo aquele que procura fazer o bem em sua própria força finita, verificará que seus esforços são um fracasso; mas os que aceitam a Cristo pela fé, verificarão que Ele é um Salvador pessoal. Alistar-se-ão em Seu exército, tornar-se-ão Seus soldados e combaterão o bom combate da fé. Se eles são estudantes na escola, sentirão que se acham alistados para tornar a escola a mais ordeira, elevada e louvável instituição do mundo. Porão toda partícula de sua influência do lado de Deus, do lado de Cristo e do lado dos seres celestiais. Sentirão ser o seu dever formar uma sociedade de esforço cristão, a fim de que possam ajudar todo estudante a ver a incoerência de um procedimento que Deus não aprova. Eles atrairão com Cristo e farão o máximo que puderem para aperfeiçoar caracteres cristãos. Assumirão a obra de conduzir os coxos e os fracos na segura vereda ascendente. Formarão reuniões de esforço cristão para fazer planos que sejam uma bênção para a instituição de ensino, e efetuarão tudo o que estiver ao seu alcance para tornar a escola o que Deus tencionava e indicou que ela fosse. Terão em mente o valor e a eficácia das reuniões de esforço cristão a fim de preparar missionários para saírem a dar a advertência ao mundo. FEC 293 1 Os estudantes devem ter seus próprios períodos de oração, nos quais possam fazer petições ferventes e simples para que Deus abençoe o diretor da escola, dando-lhe vigor físico, clareza mental, poder moral e discernimento espiritual, e para que todo professor seja habilitado pela graça de Cristo a efetuar sua obra com fidelidade e com ardente amor. Devem orar para que os professores possam ser os instrumentos por cujo intermédio Deus trabalhe para fazer com que o bem prevaleça sobre o mal, mediante o conhecimento de Jesus Cristo a quem Ele enviou. Que Deus conceda aos estudantes que freqüentam nossas instituições de ensino graça e coragem para agirem de acordo com os princípios revelados na lei de Deus, a qual é uma expressão de Seu caráter. Nunca sejais encontrados depreciando as escolas que Deus tem estabelecido. Se falhastes alguma vez, caindo em tentação, é porque não fizestes de Deus a vossa força, porque não tivestes a fé que opera por amor e purifica a alma. FEC 293 2 Oxalá todo cristão sincero que tem alguma ligação com nossas escolas resolva ser um servo fiel na causa de Cristo, ajudando todo aluno a ser fiel, puro e santo na vida. Todos os que amam a Deus procurem ganhar os que ainda não confessaram a Cristo. Cada dia eles podem exercer silenciosa e devota influência, e cooperar com Jesus Cristo, o supremo missionário a nosso mundo. Que toda alma -- homens, mulheres e jovens -- cresça em excelência de caráter e devoção, em pureza e santidade, vivendo unicamente para a glória de Deus, para que os inimigos de nossa fé não triunfem. Haja tal vinculação nos laços de nossa santa fé que nossa harmoniosa influência esteja inteiramente do lado do Senhor e concorra para a transformação daqueles com quem nos associamos. Torne-se manifesto que tendes viva ligação com Deus e que sois ambiciosos da glória do Mestre, procurando cultivar em vós mesmos toda beleza de caráter com que possais honrar Aquele que deu a vida por vós. Oxalá o amor de Cristo exerça um poder constrangedor a fim de atrair outros ao caminho preparado para que nele andem os resgatados do Senhor. Quando os estudantes em nossas escolas aprenderem a apreciar a vontade de Deus, verificarão que é relativamente fácil cumpri-la. FEC 294 1 Se os estudantes vêem defeitos de caráter nos outros, sejam agradecidos por discernirem tais defeitos e poderem, portanto, acautelar-se contra eles. Sem dúvida, vereis pessoas que não estão aprendendo a mansidão e humildade de Cristo, mas amam a ostentação e são vaidosas, frívolas e mundanas. O único remédio para elas é contemplarem a Jesus, e, ao estudarem o Seu caráter, serão incentivadas a desprezar tudo o que é vão e frívolo, frágil e mesquinho. O caráter de Cristo está repleto de clemência, paciência, bondade, misericórdia e incomparável amor. Contemplando tal caráter, elevar-se-ão acima da pequenez daquilo que os tem modelado e moldado, tornando-os profanos e desagradáveis. Dirão o seguinte: "Não me tenho assentado com pessoas vis, nem me deterei com os dissimuladores." Compreenderão que "quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos será destruído". FEC 294 2 Lembrem-se todos os que procuram viver uma vida cristã de que a igreja militante não é a igreja triunfante. Serão encontradas na igreja pessoas de índole carnal. Elas devem receber mais compaixão do que repreensão. Não se deve julgar que a igreja apóie tais indivíduos, embora se encontrem dentro de seus limites. Se a igreja os excluísse, os mesmos que criticaram sua presença ali, acusariam a igreja por enviá-los a esmo ao mundo; alegariam que eles foram tratados desumanamente. Pode ser que haja na igreja os que são frios, orgulhosos, altivos e não-cristãos, mas não precisais associar-vos com essa classe. Há muitos que são cordiais, abnegados e altruístas, estando dispostos, se necessário, a depor a própria vida para salvar almas. Jesus viu os maus e os bons em afinidade na igreja, e disse: "Deixai-os crescer juntos até à colheita." Ninguém precisa tornar-se joio porque nem toda planta no campo é trigo. Se fosse conhecida a verdade, esses queixosos fazem suas acusações para acalmar uma consciência culpada e condenatória. Seu próprio procedimento não é totalmente recomendável. Até mesmo os que estão procurando alcançar o domínio sobre o inimigo às vezes têm errado e cometido injustiça. O mal prevalece sobre o bem quando não confiamos inteiramente em Cristo e não permanecemos nEle. Serão então manifestadas incongruências de caráter que não seriam reveladas se preservássemos a fé que atua pelo amor e purifica a alma. FEC 295 1 Não somos compelidos a escolher como companheiros íntimos aos que rejeitam o amor de Deus manifestado em dar Seu Filho ao nosso mundo, "para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Os que amam a Deus não escolherão os inimigos de Deus para serem seus amigos. Foi feita a pergunta: "Devias tu ajudar ao perverso e amar aqueles que aborrecem o Senhor?" Preferireis a associação dos irreligiosos e desleais à dos que obedecem aos mandamentos de Deus? Escolhereis separar-vos dos que amam a Deus, afastando-vos o máximo possível do conduto de luz? Necessitais permanecer numa atmosfera de pureza e fé, e introduzir em vosso caráter princípios que sejam tão sólidos como uma viga. Os cristãos não escolherão nem cultivarão a companhia dos não-cristãos. Se o Senhor vos der uma posição especial no mundo, como fez com José e Daniel, Ele então vos susterá e guardará no meio da tentação. Nunca estareis, porém, onde achareis demasiada luz, em nosso mundo. Como é perigoso, portanto, escolher a associação dos que amam mais as trevas do que a luz, e não querem vir para a luz, a fim de que suas obras não sejam reprovadas! -- The Review and Herald, 16 de Janeiro de 1894. ------------------------Capítulo 39 -- Palavras aos estudantes FEC 297 1 Toda alma está rodeada de uma atmosfera peculiar ao indivíduo. Essa atmosfera pode estar impregnada de malária espiritual que é deletéria para os princípios de justiça. Quando somos, porém, colocados em associação com outros, não precisamos de dias ou semanas para determinar se a atmosfera espiritual é de Cristo ou de Satanás. A influência das companhias não é jamais tão forte como na vida escolar; mas o estudante que vem para a escola com o ardente desejo de ser um auxílio e uma bênção para seus companheiros, terá o cuidado de lançar sua influência do lado certo e de procurar companheiros que se unam com ele no cultivo de princípios e costumes corretos. FEC 297 2 Os estudantes devem sentir sua responsabilidade na questão de tornar sua vida escolar um sucesso. Devem aplicar todos os esforços na direção certa, de modo que não decepcionem seus pais ou tutores que labutam arduamente para conservá-los na escola e que sentem profunda solicitude por seu bem-estar presente e eterno. Os estudantes devem alcançar uma qualificação de que não se envergonhem no dia do juízo. O estudante que é circunspecto em sua conduta, que não se deixa demover para um lado ou para o outro por más influências, exercerá um poder repressor sobre aqueles que na escola se comprazem em exibir sua independência e entregar-se a esportes perniciosos, em desobediência aos regulamentos, enchendo o coração de seus professores de tristeza e desalento. FEC 297 3 A vida é um problema que devemos resolver individualmente por nós mesmos. Ninguém pode formar um caráter para outrem; cada um de nós tem uma parte a desempenhar quanto a decidir seu próprio destino. Somos livres e responsáveis agentes de Deus, e cada um deve desenvolver sua própria salvação com temor e tremor, enquanto Deus efetua nele tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Os estudantes podem fazer o bem ou o mal, mas "aquilo que o homem semear, isso também ceifará". FEC 298 1 Somos individualmente postos à prova sob o exame de Deus. Os seres celestiais estão todos arregimentados com o fim de ajudar a cada alma que seja atraída a Jesus, e todo aquele que O ama verdadeiramente cooperará com eles, procurando afastar as almas daquilo que é insensato, baixo e frívolo. Os seguidores de Cristo não trabalharão do lado de Satanás para debilitar a fé na religião verdadeira e depravar a outros, espargindo ao seu redor uma atmosfera ruinosa para a moralidade e o caráter. Lamentamos ter de dizer, porém, que até mesmo em nossas escolas há pessoas que apenas são cristãs de nome. Não é necessária uma longa convivência com esses professos para verificar que são bem-sucedidos agentes de Satanás. Há em nossas escolas indivíduos de coração corrompido que possuem, no entanto, maneiras agradáveis, sendo bem-sucedidos em fascinar a certa classe de pessoas; e, antes que os incautos o percebam, a influência dessas pessoas modifica-lhes os sentimentos, modelando-os de acordo com o caráter repreensível desses indivíduos corrompidos. Mas os que usam a roupagem do cristianismo, sendo, não obstante, governados pelos costumes e máximas do mundo, são corruptores morais. Pretendem buscar os tesouros celestiais, mas a atmosfera que rodeia sua alma está carregada de mortíferos miasmas espirituais, e devem ser evitados pelos que desejam permanecer incontaminados pelo mundo. FEC 298 2 O jovem que tem discernimento pode perceber com facilidade que espécie de pessoas são eles, mesmo que não professe o cristianismo; pois sabe que não são semelhantes a Cristo. Deverá permitir, porém, que lhe sirvam de pedra de tropeço? Ele tem um Livro-guia que descreve os que se acham do lado do Senhor. Se sabe que o procedimento daqueles é incompatível com a profissão do cristianismo, se compreende o que significa levar uma vida piedosa, tornar-se-á responsável pela luz e o conhecimento que possui. Será responsável quanto a fazer a vontade do Mestre, quanto a mostrar ao mundo o que constitui o verdadeiro conceito do cristianismo -- o que é ter uma vida e caráter semelhante a Cristo. FEC 299 1 Temos um poderoso inimigo que não somente odeia todo ser humano feito à imagem de Deus, mas dedica a mais acerba inimizade a Deus e a Jesus Cristo, Seu Filho unigênito. Quando os homens se entregam a si mesmos como escravos de Satanás, este não manifesta para eles a inimizade que evidencia contra os que levam o nome de Cristo e se dedicam ao serviço de Deus. Odeia-os com ódio implacável. Sabe que pode ofender a Jesus colocando-os sob o poder de seus enganos, insultando-os, debilitando sua fé, incapacitando-os para servir a Deus como se requer que o façam sob o seu Capitão Jesus Cristo. Satanás permite que os que estão atados a seu carro como escravos desfrutem certa medida de tranquilidade, porque são seus cativos voluntários; mas a sua inimizade é despertada quando chega até eles a mensagem de misericórdia e procuram desvencilhar-se de seu poder, para seguirem o verdadeiro Pastor. É então que ele procura atá-los com cadeias adicionais para retê-los em seu cativeiro. O conflito entre a alma e Satanás começa quando o cativo passa a forcejar a corrente, suspirando por ver-se livre; pois o agente humano começa a cooperar com os seres celestiais quando a fé se apega a Cristo. É então que o mais Poderoso do que todos os fortes homens de guerra Se torna o auxiliador da alma, e o pobre cativo é fortalecido pelo Espírito Santo para conseguir sua liberdade. FEC 299 2 Deus tem profundo e ardente amor por todo membro da família humana; ninguém é olvidado, ninguém é deixado sem amparo e enganado de modo que o inimigo o vença. E se os que se alistaram no exército de Cristo se revestirem de toda a armadura de Deus e a usarem, resistirão a todos os assaltos do inimigo. Os que realmente desejam ser ensinados por Deus e andar em Seus caminhos têm a segura promessa de que, se sentem falta de sabedoria e a pedem a Deus, Ele a dará liberalmente, e nada lhes impropera. Diz o apóstolo: "Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos." Deus responde por toda promessa e não podemos desonrá-Lo mais do que duvidando e vacilando, pedindo e não crendo, e dando então expressão à dúvida. Se não recebeis imediatamente o que pedis, haveis de prosseguir em obstinação e descrença? Crede; crede que Deus fará exatamente o que Ele prometeu. Continuai elevando as vossas orações, e vigiai, trabalhai e esperai. Combatei o bom combate da fé. Dizei a vosso coração: "Deus me convidou a ir a Ele. Ouviu minha oração. Empenhou Sua palavra prometendo receber-me, e cumprirá Sua promessa. Posso confiar em Deus; porque de tal maneira me amou que deu o Seu Filho unigênito para morrer por mim. O Filho de Deus é o meu Redentor." "Pedi, e dar-se-vos-á, buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." "Se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" FEC 300 1 Os jovens que ingressam e prosseguem na vida escolar com o verdadeiro objetivo em vista, não ficarão saudosos ou decepcionados. Não ficarão impacientes e desassossegados, sem saber o que fazer consigo mesmos. Encontrarão um ajudador no Onipotente. Terão um alvo em vista, e este será o de serem homens e mulheres de princípios, que alcancem a norma estabelecida por Deus, beneficiem a humanidade e glorifiquem a Deus. Não considerarão sua vida escolar como ocasião para buscar os prazeres, para diversão ociosa, para extravagante folgança, mas procurarão tirar o máximo proveito das oportunidades e dos privilégios que Deus lhes concede, de modo que não decepcionem a seus pais e professores ou ofendam a Deus e aos seres celestiais. FEC 300 2 Solene coisa é morrer; mas muito mais solene ainda é viver e formar um caráter que nos habilite a ingressar na escola das cortes celestiais no alto. Estamos vivendo em terra inimiga, e podemos esperar dificuldades e conflitos. Os jovens terão de ser capazes de suportar durezas como bons soldados de Jesus Cristo. Não é o melhor que sua vereda se faça perfeitamente plana e fácil, que lhes seja provido dinheiro, e não se lhes ensine a sentir a necessidade de praticarem abnegação e economia. FEC 301 1 Quando um jovem chega à conclusão de que necessita obter educação, deve considerar cuidadosamente qual é o motivo que o leva à escola. Deve perguntar para si mesmo: Como posso empregar melhor o tempo a fim de tirar todo o benefício possível de minhas oportunidades e privilégios? Porei toda a armadura de Deus que me foi provida pelo dom do Filho unigênito de Deus? Abrirei meu coração ao Espírito Santo a fim de que sejam despertadas todas as faculdades e energias que Deus me confiou? Pertenço a Cristo e estou empenhado em Seu serviço. Sou um despenseiro de Sua graça. FEC 301 2 Conquanto, segundo vosso juízo humano, alguns que professam o cristianismo não estejam à altura de vosso conceito do caráter cristão, não deveis entristecer o coração de Cristo levando uma vida incoerente; pois outros estão em perigo de ser influenciados por vosso procedimento incorreto. Estais lutando pela coroa da vida, e não deveis contentar-vos em alcançar uma baixa norma. FEC 301 3 O Senhor não aceita um trabalho feito pela metade; não deve haver de vossa parte indiscrição alguma na sagrada obra de Deus. Não confieis em vós mesmos, mas submetei a Deus vossa vontade, vossas idéias e vossos caminhos, e fazei somente a Sua vontade. Vivei para agradar Àquele que vos teve em tão grande estima que deu a Jesus, Seu Filho unigênito, para salvar-vos de vossos pecados. Por Seus méritos sereis aceitos. Em vossa vida escolar, tende sempre presente o pensamento de que o que merece ser feito, merece ser bem feito. Confiai em Deus para obter sabedoria a fim de que não desanimeis a nenhuma alma que faz o bem. Trabalhai com Cristo em atrair almas para Ele. Nada vos adiantará, porém, se, enquanto condenais o trabalho displicente dos outros e assinalais seus erros, fracassais como eles, por não vos colocardes ao lado da justiça e lealdade. Mesmo que as regras e os regulamentos se afigurem desnecessariamente severos, sede obedientes a eles, porque podeis errar em vossa experiência. Fazei o melhor que estiver ao vosso alcance em tudo o que empreenderdes. Jesus é vosso Salvador, e confiai nEle para que vos ajude dia a dia, a fim de não semeardes joio, mas a boa semente do reino. FEC 302 1 "São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas." Como estudantes deveis aprender a ver com o cérebro bem como com os olhos. Deveis educar vosso raciocínio para que não seja débil e ineficiente. Deveis orar pedindo orientação e entregar vosso caminho ao Senhor. Deveis cerrar vosso coração a toda insensatez e pecado, e abri-lo a toda influência celestial. Deveis tirar o máximo proveito de vosso tempo e oportunidades para desenvolver um caráter simétrico. Gracejos, tolices e a indolência não podem ser acolhidos como vossos hóspedes, se imitais o modelo, Cristo Jesus, e diariamente vos tornais entendidos quanto ao que deveis fazer para ser salvos. FEC 302 2 Jovens estudantes, vossa vida não pode ser governada pelos impulsos, sem que sobrevenha um completo fracasso. Não podeis seguir vossas inclinações naturais sem deparar com uma grande perda. Se quereis andar com segurança, deveis guardar o caminho do Senhor. Vosso entendimento tem de ser refinado e purificado; tendes de trabalhar de acordo com o plano de Deus, pois do contrário não tereis êxito. Deveis estar sempre crescendo e progredindo na graça e no conhecimento. Não conseguireis fazer nada que seja aceitável em vossa vida escolar sem adotar hábitos de sistema e ordem. O trabalho feito a esmo ocasionará infalível fracasso. FEC 302 3 Necessitais estudar cuidadosamente a questão das diversões. Perguntai para vós mesmos: Qual é a influência das diversões sobre a mente e o caráter e sobre a obra que vim fazer? Que relação tem a questão das diversões com minha vida religiosa, com meu caráter como cristão? Os jogos em que participais vos habilitam a vos entregardes à oração e ao serviço de Deus? Eles vos ajudam a dedicar tanto zelo e fervor à obra do Senhor como o que dedicais a esses jogos? Essas diversões a que vos entregastes não absorveram vosso interesse a tal ponto que não vos foi possível aplicar todo o fervor que devíeis ao estudo de vossas lições? Qual terá a supremacia -- o serviço de Deus ou o serviço do próprio eu? Examine cada estudante cuidadosamente o terreno em que pisa. FEC 303 1 Queridos jovens, estais decidindo agora vosso destino eterno. Deveis aplicar esforço persistente a vossa vida cristã se quereis aperfeiçoar um caráter reto. Se tendes uma experiência religiosa apoucada, débil e infantil, será para vossa perdição eterna. Devemos ser "completos nEle". "Como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nEle." Isto significa que tendes de estudar a vida de Cristo. Tendes de estudá-la com tanto mais diligência do que estudais os ramos ordinários do saber, quanto os interesses eternos são mais importantes do que as atividades temporais, terrenas. Se apreciais o valor e o caráter sagrado das coisas eternas, empregareis vossos pensamentos mais perspicazes, vossas melhores energias, para a solução do problema que envolve vosso bem-estar eterno; pois qualquer outro interesse se reduz a uma insignificância em comparação com aquele. FEC 303 2 Tendes o Modelo: Cristo Jesus; segui os Seus passos e estareis habilitados para ocupar toda e qualquer posição que sejais convidados a desempenhar. Estareis "nEle radicados e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graça". Não deveis ter o sentimento de que sois escravos, e, sim, filhos de Deus; que sois grandemente favorecidos pelo fato de terdes sido considerados de tanta valia que Deus vos tornou Sua propriedade pagando um resgate infinito por vossa liberdade. Disse Jesus: "Não vos chamo servos ...; mas tenho-vos chamado amigos." Quando apreciais Seu maravilhoso amor, o amor e a gratidão serão em vosso coração como um manancial de gozo. FEC 304 1 Não recebais adulações, nem mesmo em vossa vida religiosa. A lisonja é uma artimanha pela qual Satanás se põe à espreita para enganar e para enfatuar o agente humano com elevados conceitos de si mesmo. "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs subtilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." A lisonja tem sido o alimento com que se têm nutrido muitos de nossos jovens; e os que têm elogiado e lisonjeado supõem que estavam fazendo o que é correto; mas fizeram o que era errado. Os elogios, a lisonja e a condescendência têm feito mais para conduzir preciosas almas a veredas falsas, do que qualquer outra artimanha inventada por Satanás. FEC 304 2 A lisonja faz parte da política do mundo, mas não da de Cristo. Por meio da lisonja, pobres seres humanos, cheios de fraquezas e defeitos, são levados a pensar que são eficientes e dignos, tornando-se enfatuados em sua mente carnal. Ficam inebriados com a idéia de que possuem mais capacidade do que sucede em realidade, e sua experiência religiosa se torna desequilibrada. A não ser que pela providência divina se desviem desses enganos, e se convertam e aprendam o ABC da religião na escola de Cristo, perderão sua alma. FEC 304 3 Muitos jovens têm sido levados a crer que possuem aptidão como dom natural, quando essa aptidão que pensam possuir só pode ser obtida mediante diligente preparo e cultura, aprendendo a mansidão e humildade de Cristo. Acreditando ser dotados naturalmente, pensam não haver necessidade de aplicar a mente à tarefa de dominar suas lições; e quando menos o esperam, acham-se retidos nas ciladas de Satanás. Deus permite que sejam atacados pelo inimigo a fim de que compreendam suas próprias debilidades. É-lhes permitido cometer algum evidente desatino e serem mergulhados em dolorosa humilhação. Quando, porém, se contorcem sob o senso de suas próprias debilidades, não devem ser julgados com aspereza. É esse o momento acima de todos os outros em que necessitam de um conselheiro judicioso, um verdadeiro amigo que tenha discernimento de caráter. É esse o momento em que precisam de um amigo que seja guiado pelo Espírito de Deus, que trate fiel e pacientemente com os errantes e que levante a alma que está caída. Esta não há de ser levantada por meio de lisonja. Ninguém está autorizado a estender à alma esse enganoso inebriante de Satanás. Antes, ser-lhe-ão indicados os primeiros degraus da escada, e os vacilantes pés devem ser colocados sobre o mais baixo degrau da escada do progresso. Pedro disse: "Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência. E à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, e à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." FEC 305 1 Animem-se os errantes a ascender passo a passo, degrau após degrau. O esforço talvez seja penoso para eles, mas será decididamente a melhor lição que já aprenderam; porque procedendo assim conhecerão suas próprias fraquezas, estando portanto em condições de evitar no futuro os erros do passado. Mediante a ajuda de sábios conselheiros, suas derrotas se transformarão em vitórias. Ninguém procure começar, porém, no alto da escada. Comece cada um no degrau mais baixo e suba passo a passo, por meio de Cristo e apegando-se a Ele, até chegar à estatura de Cristo. Esta é a única maneira de avançar em direção ao Céu. Nada deve desviar a atenção da grande obra a ser realizada. No estudo da Palavra e da vontade de Deus exercitem-se ao máximo os pensamentos, as aptidões e as faculdades cerebrais. O Senhor tem um lugar para as melhores capacidades que confiou aos homens. Na obra de estabelecer Seu reino, podemos empregar todas as capacidades que nos foram dadas por Deus, com tanta fidelidade e diligência como Daniel o fez em Babilônia, quando foi achado fiel a todos os deveres para com os homens e leal a seu Deus. FEC 306 1 Deus requer muito mais tato, mais judiciosa habilidade de comando do que até agora Lhe tem sido prestado pelos Seus agentes humanos. Há necessidade de pensamento perspicaz e santificado e de intenso trabalho para frustrar os astutos planos de Satanás. É feito o apelo para alcançar uma norma mais elevada, para empregar na obra do Senhor um esforço mais santo, mais resoluto e mais abnegado. Nossos jovens devem ser ensinados a atingir uma norma mais elevada, a compreender que estão decidindo agora seu próprio destino eterno. Não há proteção para quem quer que seja, a não ser que se tenha no coração a verdade tal qual é em Jesus. Esta deve ser introduzida no coração pelo Espírito Santo. Muito do que agora se chama religião desaparecerá de vista quando for assaltado pelas hostes de Satanás. Não permanecerá coisa alguma senão a verdade -- a sabedoria lá do alto, que há de santificar a alma. FEC 306 2 Ninguém imagine que a condescendência própria é religião. Não se acaricie o egoísmo. Aprendam os jovens a refrear seus desejos e a acautelar-se contra a extravagância no uso dos recursos. Olhem todos para Jesus, contemplem Seu caráter e sigam os Seus passos. "Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nEle, que é a cabeça de todo o principado e potestade." -- The Youth's Instructor, 3, 10, 17, 24 de Maio de 1894. ------------------------Capítulo 40 -- Estudai a Bíblia por vós mesmos FEC 307 1 Não permitais que alguém sirva de cérebro para vós, não permitais que alguém pense, investigue e ore em vosso lugar. Esta é a instrução que necessitamos levar a sério hoje em dia. Muitos de vós estais convencidos de que o precioso tesouro do reino de Deus e de Jesus Cristo se encontra na Bíblia que tendes na mão. Sabeis que nenhum tesouro terrestre é atingível sem esforço diligente. Por que esperaríeis compreender os tesouros da Palavra de Deus sem examinar diligentemente as Escrituras? FEC 307 2 É apropriado e correto ler a Bíblia; mas o vosso dever não termina aí; pois deveis examinar as suas páginas por vós mesmos. O conhecimento de Deus não é obtido sem esforço mental, sem oração por sabedoria a fim de poderdes separar o genuíno grão da verdade da palha com que os homens e Satanás têm deturpado as doutrinas verdadeiras. Satanás e sua confederação de agentes humanos têm procurado misturar a palha do erro com o trigo da verdade. Devemos buscar diligentemente o tesouro escondido e pedir sabedoria do Céu a fim de separar as invenções humanas das ordens divinas. O Espírito Santo auxiliará o que procura grandes e preciosas verdades relacionadas com o plano da redenção. Quisera impressionar a todos com o fato de que a leitura casual das Escrituras não é o suficiente. Precisamos examiná-las, e isto significa fazer tudo o que é abrangido por essa palavra. Assim como o mineiro explora ansiosamente a terra para descobrir os veios de ouro, deveis examinar a Palavra de Deus em busca do tesouro escondido que Satanás há tanto tempo tem procurado ocultar ao homem. Diz o Senhor: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina." João 7:17. FEC 307 3 A Palavra de Deus é verdade e luz, e deve ser uma lâmpada para os vossos pés, a fim de guiar todos os vossos passos no caminho para as portas da cidade de Deus. É por esta razão que Satanás tem feito tão desesperados esforços para obstruir a vereda preparada para que nela andem os resgatados do Senhor. Não deveis levar vossas idéias para a Bíblia e fazer de vossas opiniões o centro em torno do qual gire a verdade. Deveis pôr de lado as vossas idéias no começo da investigação, e com coração humilde e submisso, com o próprio eu escondido em Cristo, com fervorosa oração, buscar sabedoria de Deus. Deveis sentir que precisais conhecer a revelada vontade de Deus, porque isto diz respeito a vosso bem-estar pessoal e eterno. A Bíblia é o roteiro pelo qual podeis conhecer o caminho para a vida eterna. Acima de tudo deveis desejar conhecer a vontade e os caminhos do Senhor. Não deveis examinar com o objetivo de encontrar passagens da Escritura que possais interpretar de molde a provar vossas teorias; pois a Palavra de Deus declara que isto é torcer as Escrituras para a vossa própria destruição. Precisais esvaziar-vos de todo preconceito e examinar a Palavra de Deus com espírito de oração. FEC 308 1 O grande erro da Igreja Católica reside no fato de que a Bíblia é interpretada à luz das opiniões dos "pais". Suas opiniões são consideradas infalíveis, e os dignitários da Igreja supõem ser sua prerrogativa obrigar os outros a crer como eles e usar a força para compelir a consciência. Os que não concordam com eles são declarados heréticos. Mas não é assim que deve ser interpretada a Palavra de Deus. Ela deve basear-se em seus próprios méritos eternos, ser lida como a Palavra de Deus, obedecida como a voz de Deus que revela Sua vontade para as pessoas. A vontade e a voz de homens finitos não devem ser interpretadas como sendo a voz de Deus. FEC 308 2 A bendita Bíblia nos dá o conhecimento do grandioso plano da salvação e nos mostra como todo indivíduo pode ter vida eterna. Quem é o autor desse Livro? -- Jesus Cristo. Ele é a Testemunha Verdadeira, e diz para os que Lhe pertencem: "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da Minha mão." A Bíblia deve mostrar-nos o caminho a Cristo, e em Cristo é revelada a vida eterna. Jesus disse aos judeus e aos que se comprimiam ao Seu redor em grandes multidões: "Examinai as Escrituras". Os judeus tinham a Palavra contida no Antigo Testamento; misturaram-na, porém, de tal maneira com as opiniões humanas que suas verdades foram mistificadas, e encoberta a vontade de Deus para com o homem. Os ensinadores religiosos do povo estão seguindo o seu exemplo neste século. FEC 309 1 Conquanto tivessem as Escrituras que testificavam de Cristo, os judeus não foram capazes de discernir a Cristo nas Escrituras; e embora tenhamos o Antigo e o Novo Testamento, os homens torcem as Escrituras para evadir-se às suas verdades; e, em suas interpretações das Escrituras, eles ensinam -- como o faziam os fariseus -- os preceitos e as tradições dos homens em lugar dos mandamentos de Deus. Nos dias de Cristo os dirigentes religiosos haviam por tanto tempo apresentado idéias humanas diante do povo, que os ensinos de Cristo se opunham em todo o sentido a suas teorias e práticas. Seu sermão na montanha contradisse virtualmente as doutrinas dos presunçosos escribas e fariseus. Eles haviam representado tão mal a Deus que Ele era considerado um juiz severo, destituído de compaixão, misericórdia e amor. Apresentavam ao povo inumeráveis preceitos e tradições como procedentes de Deus, embora não tivessem um "Assim diz o Senhor" por sua autoridade. Conquanto professassem conhecer e adorar o Deus vivo e verdadeiro, desfiguravam-nO completamente; e o caráter de Deus, da maneira como era retratado por Seu Filho, constituía um assunto original, uma nova dádiva ao mundo. FEC 309 2 Cristo fez todo o esforço possível para remover de tal modo a deturpação feita por Satanás, que pudesse ser restabelecida a confiança do homem no amor de Deus. Ele ensinou os homens a dirigirem-se ao Supremo Governador do Universo pelo novo nome: "Pai Nosso." Este nome indica Sua verdadeira relação para conosco, e, quando proferido com sinceridade pelos lábios humanos, é qual música aos ouvidos de Deus. Cristo nos conduz ao trono de Deus por um novo e vivo caminho, a fim de apresentá-Lo a nós em Seu amor paternal. -- The Review and Herald, 11 de Setembro de 1894. ------------------------Capítulo 41 -- Trabalho e educação FEC 310 1 Nossa mente tem estado muito preocupada, de dia e de noite, com referência a nossas escolas. Como elas devem ser dirigidas? E qual deve ser a educação e o preparo dos jovens? Onde deve localizar-se a nossa Escola Bíblica Australiana? Acordei esta manhã à uma hora da madrugada com um pesado fardo em minha alma. O assunto da educação tem-me sido apresentado em diversos sentidos, em aspectos variados, por meio de muitas ilustrações e com especificações diretas, ora acerca de um ponto, ora de outro. Creio deveras que temos muito que aprender. Somos ignorantes a respeito de muitas coisas. FEC 310 2 Ao escrever e falar sobre a vida de João Batista e a vida de Cristo, tenho procurado expor aquilo que me tem sido apresentado acerca da educação de nossos jovens. Temos a obrigação para com Deus de estudar este assunto com sinceridade; pois merece um exame minucioso e crítico em cada um de seus aspectos. Cristo declarou acerca de João Batista: "Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior." Esse profeta foi conduzido ao deserto pelo Espírito de Deus, longe das influências contaminadoras da cidade, a fim de obter uma educação que o habilitasse para receber instrução da parte de Deus, e não da parte dos doutos escribas. Não devia ligar-se aos rabinos; quanto menos se familiarizasse com seus ensinos, preceitos e tradições, tanto mais facilmente poderia o Senhor impressionar-lhe a mente e o coração e dar-lhe o puro molde da verdade que devia ser dada ao povo a fim de preparar o caminho do Senhor. Os ensinos dos escribas e fariseus eram de tal caráter que desviavam o povo da genuína verdade a ser apresentada pelo Grande Mestre quando iniciasse Sua missão. A única esperança do povo era abrir o coração e a mente à luz enviada do Céu por meio de Seu profeta, o precursor de Cristo. FEC 311 1 Estas lições são para nós. Os que alegam conhecer a verdade e compreender a grande obra a ser efetuada neste tempo devem consagrar-se a Deus de alma, corpo e espírito. No coração, no vestuário, na linguagem, em todo aspecto devem estar separados das modas e práticas do mundo. Devem ser um povo peculiar e santo. Não é o vestuário que os torna singulares; mas, pelo fato de serem um povo peculiar e santo, não podem levar as marcas da semelhança com o mundo. FEC 311 2 Como um povo temos de preparar o caminho do Senhor. Cada partícula da capacidade que Deus nos concedeu deve ser posta em uso para preparar as pessoas de acordo com a vontade de Deus, segundo Seu molde espiritual, a fim de que permaneçam firmes neste grande dia da preparação de Deus, e para que sejam suscitadas estas solenes perguntas nos corações amantes do mundo: "Que é a eternidade para nós? Como subsistirá o meu caso no juízo investigativo? Qual será minha sorte e meu destino?" Muitos que supõem estarem indo para o Céu têm os olhos vendados pelo mundo. Suas idéias acerca do que constitui uma educação e disciplina religiosa são vagas e só se apóiam em probabilidades; muitos há que não têm uma esperança bem compreendida, e correm grande risco ao praticar precisamente as coisas que Jesus ensinou que não deveriam fazer no comer, beber e vestir, atando-se assim ao mundo de diversas maneiras. Têm que aprender ainda as solenes lições tão essenciais para crescer em espiritualidade a fim de sair do mundo e separar-se dele. O coração está dividido, a mente carnal anela conformidade, semelhança com o mundo de tantas maneiras que o sinal distintivo no tocante ao mundo quase não é distinguível. O dinheiro, o dinheiro de Deus, é gasto para criar uma aparência em conformidade com os costumes do mundo; a experiência religiosa é contaminada pela mundanidade, e nem o mundo nem o Universo celestial discerne a evidência do discipulado -- a semelhança de Cristo na abnegação e em levar a cruz. FEC 311 3 Neste país [Austrália], Satanás se tem entronizado da maneira mais surpreendente para controlar os dirigentes do governo nacional. A educação que receberam desde a infância é errônea. Muitas coisas que são consideradas essenciais têm o efeito mais prejudicial sobre as pessoas. O grande número de feriados tem exercido perniciosa influência sobre a mente dos jovens; seu efeito é desmoralizador para o governo, e são inteiramente contrários à vontade de Deus. Têm a tendência de promover uma excitação artificial, um desejo de diversão. As pessoas são induzidas a dissipar o precioso tempo que deveria ser empregado em trabalho útil para sustentar honradamente a suas famílias e manter-se livres de dívidas. A paixão pelas diversões e o desperdício de dinheiro em corridas de cavalos, em apostas e outras coisas semelhantes estão aumentando a pobreza do país e agravando a miséria que constitui o infalível resultado dessa espécie de educação. FEC 312 1 Jamais poderá ser dada a devida educação aos jovens deste país, ou de qualquer outro, a menos que estejam separados a uma vasta distância das cidades. Os costumes e práticas das cidades incapacitam a mente dos jovens para a percepção da verdade. A ingestão de bebidas alcoólicas, o fumar e jogar, as corridas de cavalos, o ato de ir ao teatro, a grande importância atribuída aos feriados -- tudo isso é uma espécie de idolatria, um sacrifício sobre o altar dos ídolos. Se nos feriados as pessoas cuidam conscienciosamente de seus negócios legítimos, são consideradas como mesquinhas e antipatriotas. O Senhor não pode ser servido dessa maneira. Os que multiplicam os dias de prazer e diversão estão em realidade patrocinando os vendedores de bebidas e tirando dos pobres os próprios recursos com que haveriam de comprar alimento e roupa para seus filhos -- recursos que, usados com economia, logo proveriam uma residência para suas famílias. E só podemos tocar de leve nestes males. FEC 312 2 Não é correto o plano de situar os edifícios escolares onde os alunos terão constantemente diante dos olhos as práticas errôneas que têm moldado sua educação durante toda a sua existência, quer seja longa ou curta. Esses feriados, com todo o seu séquito de males, redundam em vinte vezes mais miséria do que bem-estar. Em grande parte a observância desses feriados é realmente compulsória. Até pessoas genuinamente convertidas acham difícil romper com esses costumes e práticas. Se as escolas fossem estabelecidas nas cidades ou a poucos quilômetros delas, seria muito difícil neutralizar a influência da educação anterior recebida pelos alunos no tocante a esses feriados e às práticas relacionadas com eles, tais como as corridas de cavalos, as apostas e o oferecimento de prêmios. A própria atmosfera dessas cidades está cheia de miasmas deletérios. Não se respeita a liberdade de ação individual; o tempo de um homem não é considerado como sendo realmente seu; espera-se que proceda como os demais. Se nossa escola se localizasse numa dessas cidades ou a poucos quilômetros dela, estaria em constante operação uma influência oposta a ser enfrentada e vencida. A dedicação às diversões e a observância de tantos feriados proporcionam grande ocupação aos tribunais, aos oficiais e juízes, e aumentam a pobreza e a miséria, que não precisariam estar aumentando. FEC 313 1 Tudo isso é falsa educação. Verificaremos ser necessário estabelecer nossas escolas fora e distante das cidades, mas não tão longe que não possam estar em contato com elas, para lhes fazer bem e permitir que a luz resplandeça em meio das trevas morais. Os estudantes têm que ser colocados sob as circunstâncias mais favoráveis para neutralizar em grande parte o efeito da educação que têm recebido. FEC 313 2 Famílias inteiras necessitam de completa transformação em seus hábitos e idéias antes que possam ser verdadeiros representantes de Jesus Cristo. E, em grande proporção, as crianças que tenham de receber educação em nossas escolas farão muito maior progresso se estiverem separadas do círculo familiar em que receberam uma educação errônea. Poderá ser necessário que algumas famílias fixem residência onde possam ter a seus filhos consigo, evitando assim certas despesas; mas, em muitos casos, isto demonstraria ser um impedimento, e não uma bênção para seus filhos. O povo deste país dedica tão pouco valor à importância de hábitos de laboriosidade, que as crianças não são educadas para efetuar autêntico e diligente trabalho. Isto deve fazer parte da educação ministrada aos jovens. FEC 314 1 Deus proporcionou ocupação para Adão e Eva. O Éden foi a escola de nossos primeiros pais, e Deus era seu instrutor. Eles aprenderam a lavrar a terra e a cuidar daquilo que o Senhor havia plantado. Não consideravam o trabalho como algo degradante, mas como uma grande bênção. A atividade era um prazer para Adão e Eva. A queda de Adão modificou a ordem das coisas; a Terra foi amaldiçoada; mas o mandado de que o homem devia ganhar o pão com o suor do rosto não foi dado como uma maldição. Por meio da fé e da esperança, o trabalho deveria ser uma bênção para os descendentes de Adão e Eva. Jamais foi desígnio de Deus que o homem não tivesse nada que fazer. Porém, quanto maior e mais profunda é a maldição do pecado, tanto mais se altera a ordem estabelecida por Deus. A carga da labuta repousa pesadamente sobre determinada classe, mas a maldição da ociosidade se acha sobre muitos que estão de posse do dinheiro de Deus, e tudo isso por causa do falso conceito de que o dinheiro aumenta o valor moral dos homens. O trabalho é para os seres humanos o que fazem dele. Empenhar-se em constante labuta e buscar alívio momentâneo na bebida e nas diversões excitantes, tornará os homens pouco melhores do que os animais. FEC 314 2 Necessitamos neste país de escolas para educar as crianças e os jovens, a fim de que sejam senhores do trabalho, e não escravos dele. A ignorância e a ociosidade não elevarão a nenhum membro da família humana. A ignorância não aliviará a sorte do que trabalha arduamente. Repare o trabalhador no benefício que pode obter na ocupação mais humilde, fazendo uso da capacidade que Deus lhe deu. Deste modo pode tornar-se um educador, ensinando a outros a arte de trabalhar inteligentemente. Pode compreender o que significa amar a Deus com o coração, a alma, a mente e a força. As faculdades físicas devem ser postas em atividade por amor a Deus. O Senhor quer a força física, e podeis revelar vosso amor para com Ele pelo devido emprego de vossas energias físicas, fazendo precisamente o trabalho que necessita ser feito. Para com Deus não há acepção de pessoas. FEC 315 1 Quando se construiu o tabernáculo no deserto para o serviço de Deus, o trabalho foi realizado sob a direção divina. Deus era o planejador; os operários foram ensinados por Ele, e puseram na obra coração, alma e força. Havia trabalho penoso a ser feito, e o vigoroso artesão punha à prova os músculos e nervos, manifestando seu amor a Deus na labuta realizada em Sua honra. FEC 315 2 Há no mundo grande quantidade de trabalho penoso e cansativo a ser efetuado, e aquele que trabalha sem pôr em ação as faculdades da mente, do coração e da alma, dadas por Deus, e que só emprega a força física, torna o trabalho uma carga fatigante. Há homens com mente, coração e alma que consideram o trabalho como algo enfadonho, e se entregam a ele com resignada ignorância, labutando sem pensar, sem pôr à prova as aptidões mentais para fazer melhor o trabalho. FEC 315 3 Há ciência na espécie mais humilde de trabalho, e se todos o considerassem desta maneira, veriam nobreza no trabalho. Deve-se pôr o coração e a alma em qualquer espécie de trabalho; então haverá alegria e eficiência. Nas ocupações agrícolas ou mecânicas os homens podem demonstrar a Deus que apreciam o dom das faculdades físicas assim como o das faculdades mentais. Empregue-se a capacidade já educada a idear melhores métodos de trabalho. Isto é o que o Senhor deseja. Há honra em qualquer espécie de trabalho cuja execução seja essencial. Faça-se da lei de Deus a norma de ação, e ela enobrecerá e santificará todo trabalho. A fidelidade no desempenho de todo dever enobrece a obra e revela um caráter que Deus pode aprovar. FEC 315 4 "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento, e de toda a tua força." Deus deseja o amor que se expressa no serviço de coração, no serviço de alma, no serviço das energias físicas. Não devemos ser apoucados em qualquer serviço que prestemos a Deus. Tudo quanto Ele nos tem emprestado deve ser usado inteligentemente para Ele. O homem que exercita suas faculdades certamente as fortalecerá, mas deve procurar fazer o melhor que pode. É necessário inteligência e esmerada aptidão para idear os melhores métodos na agricultura, na construção ou em qualquer outro ramo, a fim de que o obreiro não trabalhe em vão. FEC 316 1 Não é uma virtude que homens ou mulheres tolerem a lentidão e o desleixo no trabalho, seja qual for sua natureza. Os hábitos de morosidade devem ser vencidos. O homem vagaroso e que faz seu trabalho com imperfeição não é obreiro de valor. Sua lentidão é um defeito que tem de ser visto e corrigido. Ele precisa usar a inteligência para idear como empregar o tempo de modo a obter os melhores resultados. Quando alguém está sempre trabalhando e o trabalho nunca é terminado, a causa está em que a mente e o coração não são postos no trabalho. Algumas pessoas levam dez horas para fazer aquilo que outros realizam prazerosamente em cinco horas. Tais obreiros não aplicam tato e método a seu trabalho. Cumpre aprender algo cada dia acerca de como melhorar na maneira de trabalhar, de modo a terminar a tarefa e ter tempo para outra coisa. É dever de todo obreiro dedicar não somente as forças, mas também a mente e o intelecto, àquilo que irá fazer. Alguns dos que se ocupam no trabalho doméstico estão sempre labutando; não porque tenham tanto que fazer, mas porque não fazem planos para dispor de tempo. Devem reservar determinado tempo para cumprir suas tarefas e fazer com que cada um de seus movimentos tenha a sua utilidade. Lentidão e ignorância não são virtudes. Podeis escolher tornar-vos estereotipados num procedimento errôneo pelo fato de não terdes a determinação de reformar-vos, ou podeis cultivar vossas faculdades para prestar o melhor serviço possível, e neste caso sereis requisitados em todas as partes. Sereis apreciados por tudo o que valeis. "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças." "No zelo não sejais remissos; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." FEC 316 2 A Austrália necessita que o fermento de vigoroso e sólido senso comum seja abundantemente introduzido em todas as suas cidades e povoações. Há necessidade de educação apropriada. Devem ser estabelecidas escolas com a finalidade de adquirir não somente conhecimento livresco, mas também noções de laboriosidade prática. Em diversas localidades há necessidade de homens que indiquem às pessoas como obter riquezas provenientes do solo. O cultivo da terra trará sua recompensa. FEC 317 1 Pela observância dos feriados o povo, tanto do mundo como das igrejas, tem sido educado na crença de que esses dias de indolência são essenciais para a saúde e a felicidade, mas os resultados revelam que se acham repletos de males que estão arruinando o país. Os jovens, em geral, não são educados a formarem hábitos de diligência. As cidades e até as povoações rurais estão tornando-se como Sodoma e Gomorra, e como o mundo nos dias de Noé. A disciplina dos jovens naqueles dias era semelhante à forma em que as crianças estão sendo educadas e disciplinadas nesta época, a saber: amar a excitação, glorificar a si mesmas e seguir após a imaginação de seu perverso coração. Agora, como naquele tempo, a depravação, a crueldade, a violência e o crime são os resultados. FEC 317 2 Todas estas coisas constituem lições para nós. Na atualidade, poucos são realmente laboriosos e econômicos. A pobreza e a dor se encontram em toda a parte. Há homens que trabalham arduamente, e obtêm muito pouco por seu trabalho. É necessário muito mais amplo conhecimento acerca da preparação do terreno. Não há suficiente largueza de visão no tocante ao que se pode obter da terra. Segue-se uma rotina estreita e invariável, com resultados desalentadores. O aumento do valor das terras tem sido uma maldição para este país, e são pagos preços exorbitantes por terrenos comprados a prazo; depois então é necessário limpar o terreno, e toma-se mais dinheiro emprestado; a edificação de uma casa requer mais dinheiro ainda, e então os juros, com a boca aberta, absorvem todos os lucros. As dívidas se acumulam, e depois vêem o fechamento e a falência dos bancos e a perda dos bens hipotecados. Milhares têm sido demitidos de seus empregos; há famílias que perdem tudo o que possuem; solicitam empréstimos uma e outra vez, e no fim têm de abandonar sua propriedade, e saem sem um centavo. Muito dinheiro e árduo trabalho têm sido aplicados na compra de propriedades agrícolas adquiridas a prazo ou herdadas com algum ônus. Os ocupantes viveram com a esperança de se tornarem os verdadeiros proprietários, o que poderia ter-se realizado, se não fossem as falências dos bancos por todas as partes do país. FEC 318 1 O caso de um homem que tenha sua propriedade livre de qualquer ônus é uma ditosa exceção à regra. Comerciantes estão falindo, e as famílias sofrem por falta de alimento e vestuário. Nenhum trabalho se apresenta por si mesmo; mas os feriados são tão numerosos como antes, e suas diversões são buscadas com a mesma avidez. Todos os que puderem fazê-lo gastarão seus centavos, xelins e libras ganhos a duras penas por uma sensação de prazer, em bebidas fortes ou nalguma outra condescendência. Os periódicos que informam acerca da pobreza do povo têm anúncios permanentes de corridas de cavalos e dos prêmios apresentados por diferentes espécies de esportes excitantes. Os espetáculos, os teatros e todas as demais diversões desmoralizantes dessa natureza estão arrebatando o dinheiro do país, e a pobreza aumenta constantemente. Homens pobres investem seu último xelim na loteria, esperando obter um prêmio, e têm então de mendigar o alimento necessário para suster a vida, ou andar famintos. Muitos morrem de fome e muitos outros põem fim a sua existência. Mas a história não termina aqui. Alguns nos levam a suas plantações de laranjas, limões e outras frutas, e dizem que a produção não compensa pelo trabalho nelas aplicado. E quase impossível viver dentro dos rendimentos, e os pais decidem que seus filhos não serão agricultores; eles não têm coragem e esperança para ensiná-los a cultivar a terra. FEC 318 2 Há necessidade de escolas para educar e adestrar os jovens de tal maneira que saibam como superar este estado de coisas. Deve haver instrução nas ciências e instrução em planos e métodos de cultivar a terra. Há esperança no solo, mas é preciso aplicar o cérebro, o coração e a força no trabalho de cultivá-lo. O dinheiro empregado em corridas de cavalos, assistência ao teatro, jogos e loterias; o dinheiro gasto nos bares em cerveja e bebidas fortes, seja investido em tornar produtiva a terra, e veremos diferente estado de coisas. FEC 319 1 Este país necessita de lavradores educados. O Senhor dá copiosas chuvas e benéfica luz solar. Dá aos homens todas as suas faculdades; dediquem eles, portanto, o coração, a mente e as forças a realizar Sua vontade em obediência a Seus mandamentos. Removam todo hábito pernicioso, não gastando jamais um centavo sequer com cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica, nem com o fumo; nada tenham que ver com corridas de cavalos ou esportes similares; e consagrem-se então a Deus, trabalhando com seus dons de força física, e seu trabalho não será em vão. O Deus que fez o mundo para benefício do homem proverá da terra recursos para sustentar o trabalhador diligente. A semente lançada no solo devidamente preparado produzirá seu resultado. Deus pode preparar uma mesa para Seu povo no deserto. FEC 319 2 Têm de ser aprendidos os diversos ofícios e ocupações, os quais requerem a aplicação de grande variedade de aptidões mentais e físicas. As ocupações que exigem uma vida sedentária são as mais perigosas, pois afastam os homens do ar livre e da luz solar, e adestram certo número de faculdades, ao passo que outros órgãos se debilitam pela inação. Há homens que promovem seu trabalho, aperfeiçoam seus negócios e logo descem à sepultura. Muito mais favorável é a condição daquele cuja ocupação o mantém ao ar livre, onde exercita os músculos, enquanto o cérebro também é obrigado a trabalhar, e todos os órgãos têm o privilégio de efetuar sua obra. Novas cenas se desdobram continuamente perante os que podem viver fora das cidades e trabalhar ao ar livre, contemplando as obras do Artista por excelência. Ao fazerem do livro da Natureza seu objeto de estudo, opera neles uma influência que enternece e subjuga; pois reconhecem que o cuidado de Deus está sobre tudo, desde o glorioso Sol nos céus até o pequeno pardal ou o mais diminuto inseto que tenha vida. A Majestade do Céu nos indicou estas coisas da criação de Deus como evidência de Seu amor. Disse Aquele que formou as flores: "Considerai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?" O Senhor é nosso Mestre, e ensinados por Ele poderemos aprender as mais preciosas lições da Natureza. FEC 320 1 O mundo está sob a maldição do pecado; e, no entanto, mesmo em seu estado de decadência, é muito belo. Se não fosse poluído pelos atos iníquos e corruptos dos homens que andam sobre a terra, poderíamos com a bênção de Deus apreciar nosso mundo assim como é. Mas a ignorância, o amor aos prazeres e os hábitos pecaminosos, corrompendo alma, corpo e espírito, enchem o mundo de lepra moral; mortífera malária moral está destruindo a milhares e dezenas de milhares. Que se deve fazer para salvar a nossos jovens? Nós podemos fazer pouco, mas Deus vive e reina, e Ele pode fazer muito. Os jovens são nossa esperança para a obra missionária. FEC 320 2 Devem ser estabelecidas escolas onde a Natureza ofereça a maior quantidade possível de atrativos que deleitem os sentidos e dêem variedade ao panorama. Embora evitemos o falso e artificial, rejeitando as corridas de cavalos, o jogo de cartas, as loterias, as disputas de prêmios, a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso do fumo, devemos proporcionar fontes de prazer que sejam puras e nobres e edificantes. Devemos escolher para nossa escola um local afastado das cidades, onde os olhos não tenham que pousar continuamente sobre as habitações dos homens, e, sim, sobre as obras de Deus; onde os alunos encontrem lugares que lhes interesse visitar e que sejam diferentes do que aquilo que as cidades oferecem. Coloquem-se os nossos estudantes onde a Natureza fale aos sentidos e em sua voz possam ouvir a voz de Deus. Estejam onde possam olhar para Suas obras maravilhosas e contemplar o Criador através da Natureza. FEC 320 3 Os jovens deste país necessitam de mais diligente trabalho espiritual do que os de qualquer outro país que tenhamos visitado. As tentações são fortes e numerosas; os muitos feriados e os hábitos de ociosidade são muitíssimo desfavoráveis para eles. Satanás faz do ocioso um participante e colaborador de suas tramas, e o Senhor Jesus não habita em seu coração pela fé. As crianças e os jovens não são ensinados a reconhecer que sua influência é um poder para o bem ou para o mal. Sempre se deve manter diante deles o quanto podem realizar; devem ser incentivados a alcançar a mais elevada norma de retidão. Mas, desde a juventude em diante, têm sido educados segundo a idéia popular de que os feriados estabelecidos devem ser tratados com respeito e observados. De acordo com a luz que o Senhor me tem dado, esses dias não têm mais influência para o bem do que a adoração das divindades pagãs; pois em realidade não é nada menos do que isso. Esses dias são os tempos de colheita especiais de Satanás. O dinheiro tirado de homens e mulheres é gasto naquilo que não é pão. Os jovens aprendem a amar o que é desmoralizador, o que a Palavra de Deus condena. A influência é má, e só continuamente má. FEC 321 1 A ocupação manual para os jovens é essencial. A mente não deve ser constantemente sobrecarregada, em detrimento das energias físicas. A ignorância da fisiologia e a negligência em observar as leis da saúde têm levado para a sepultura a muitos que poderiam haver vivido para trabalhar e estudar inteligentemente. Adequado exercício da mente e do corpo desenvolverá e fortalecerá todas as faculdades. Serão preservados a mente e o corpo, e poderão realizar uma variedade de trabalho. Os ministros e os professores precisam instruir-se acerca destas coisas e também praticá-las. O devido emprego da força física, bem como o das faculdades mentais, equilibrará a circulação do sangue, e manterá cada órgão do mecanismo vivo em bom funcionamento. Com freqüência se faz mau uso da mente; ela é incitada à loucura ao prosseguir numa só linha de pensamento; a aplicação excessiva da energia cerebral e o descuido dos demais órgãos do corpo conferem ao organismo uma condição doentia. Toda faculdade mental pode ser exercitada com relativa segurança se se utilizam igualmente as faculdades físicas, e se varia o tema do pensamento. Necessitamos de uma mudança de ocupação, e a Natureza é um mestre vivo e saudável. FEC 321 2 Quando os alunos ingressam na escola para educar-se, os professores devem procurar rodeá-los de objetos do mais agradável e interessante caráter, a fim de que a mente não se restrinja ao monótono estudo dos livros. A escola não deveria estar dentro ou perto de uma cidade, pois as suas dissipações, seus prazeres iníquos, seus perversos costumes e práticas requereriam constante trabalho para neutralizar a iniqüidade reinante, a fim de que não envenene a própria atmosfera respirada pelos alunos. Na medida do possível, todas as escolas deveriam situar-se onde a vista possa repousar sobre as coisas da Natureza, em vez de sobre um grupo de casas. A paisagem sempre variável dará satisfação ao gosto e dominará a imaginação. A Natureza é um mestre vivo que ensina constantemente. FEC 322 1 Tenho estado preocupada com muitas coisas referentes a nossa escola. Em seu trabalho os rapazes estão associados com as moças e fazem o trabalho que corresponde às mulheres. Isto é quase tudo que se pode encontrar para eles fazerem na situação em que se acham atualmente; de acordo, porém, com a luz que me tem sido dada, não é esta a espécie de educação que os jovens necessitam. Não lhes proporciona o conhecimento que devem levar consigo para seus lares. Deve haver diferente espécie de trabalho ao seu alcance, que lhes dê a oportunidade de manter ocupadas tanto as faculdades físicas como mentais. Deve haver terra para cultivo. Não está muito longe o tempo em que as leis contrárias ao trabalho dominical serão mais rigorosas, e deve-se fazer um esforço para adquirir terrenos afastados das cidades, onde se possam cultivar frutas e verduras. A agricultura oferecerá recursos para o sustento próprio, e poderiam aprender-se também diversos outros ofícios. Este trabalho real e ativo requer ao mesmo tempo força intelectual e muscular. É necessário método e tato para cultivar com êxito frutas e verduras. Os hábitos de laboriosidade serão importante auxílio para os jovens ao resistirem à tentação. FEC 322 2 É esse um campo aberto para dar vazão a suas energias reprimidas, as quais, se não forem empregadas em ocupação útil, serão constante fonte de aflição para eles mesmos e para seus professores. Podem ser inventadas muitas espécies de trabalho adaptadas a diferentes pessoas. O cultivo da terra será, porém, uma bênção especial para o obreiro. Há grande falta de homens inteligentes para lavrar a terra de modo cabal. Este conhecimento não será um obstáculo para a educação essencial às atividades comerciais ou à utilidade em qualquer sentido. Dar incremento à capacidade do solo requer pensamento e inteligência. Isto não somente desenvolverá os músculos, mas também as aptidões para o estudo, porque há igualdade de ação da parte do cérebro e dos músculos. Devemos adestrar os jovens de tal maneira que apreciem lidar com a terra e se deleitem em melhorá-la. A esperança quanto a promover a causa de Deus neste país está em criar um novo gosto moral no amor ao trabalho, o qual transformará a mente e o caráter. FEC 323 1 Tem sido dado falso testemunho ao condenar a terra, a qual, se fosse devidamente trabalhada, produziria abundante lucro. Os planos acanhados, o pouco vigor empregado e o reduzido estudo quanto aos melhores métodos clamam fortemente por reforma. O povo tem de aprender que o trabalho paciente operará maravilhas. Há muitas queixas acerca da improdutividade do solo; entretanto, se os homens lessem as Escrituras do Antigo Testamento, veriam que o Senhor conhece muito melhor do que eles o que se refere ao apropriado cultivo da terra. Depois de haver cultivado durante vários anos certas porções do terreno e de haver obtido seus tesouros, deve-se-lhes conceder descanso, e modificar então as plantações. Também podemos aprender muita coisa do Antigo Testamento a respeito do problema do trabalho. Se os homens seguissem as instruções de Cristo acerca de lembrar-se dos pobres e suprir suas necessidades, quão diferente seria este mundo! FEC 323 2 Tende sempre em vista a glória de Deus; e se a colheita fracassa, não vos desanimeis; fazei uma nova tentativa; lembrai-vos, porém, de que só pode haver colheita se o solo é devidamente preparado para a sementeira; o fracasso pode dever-se inteiramente ao descuido neste ponto. FEC 323 3 A escola a ser estabelecida na Austrália deve dar primazia ao assunto das indústrias, revelando o fato de que o trabalho corporal tem o seu lugar no plano de Deus para cada homem, e que Sua bênção acompanha esse trabalho. As escolas estabelecidas por aqueles que ensinam e praticam a verdade para este tempo devem ser dirigidas de tal maneira que se acrescentem novos incentivos a todas as espécies de trabalho prático. FEC 324 1 Haverá muita coisa para provar os educadores, mas terá sido alcançado um grande e nobre objetivo quando os estudantes sentirem que o amor a Deus deve ser revelado não somente na consagração do coração, da mente e da alma, mas também na hábil e sábia aplicação de suas forças. Suas tentações serão muito menores; e deles, por preceito e exemplo, fulgirá uma luz entre as teorias errôneas e os costumes que imperam no mundo. Sua influência tenderá a corrigir a falsa idéia de que a ignorância é o distintivo de um homem honrado. FEC 324 2 Deus seria glorificado se viessem para este país homens de outras partes, que tenham adquirido inteligente noção da agricultura e que, por preceito e exemplo, ensinem as pessoas a cultivar a terra para que produza abundantes riquezas. Há necessidade de homens que ensinem outros a arar e a fazer uso dos implementos da agricultura. Quem serão os missionários para realizar essa obra e para ensinar métodos adequados aos jovens e a todos os que se sentem dispostos e bastante humildes para aprender? Se alguns não querem que se lhes dêem idéias melhores, sejam as lições dadas silenciosamente, mostrando o que se pode fazer formando pomares e plantando cereais; que a colheita fale com eloquência em favor de corretos métodos de trabalho. Dirigi uma palavra a vossos vizinhos quando puderdes fazê-lo, prossegui no cultivo de vosso próprio terreno, e isso educará. FEC 324 3 Alguns poderão insistir em que nossa escola deve estar na cidade a fim de conceder influência a nossa obra, e em que, se estiver no campo, perde-se a influência sobre as cidades; mas este não é necessariamente o caso. FEC 324 4 Os jovens que freqüentam nossa escola pela primeira vez não se acham preparados para exercer uma influência correta em qualquer cidade como luzes que brilham no meio das trevas. Não estarão preparados para refletir a luz até que se dissipem as trevas de sua própria educação errônea. No futuro nossa escola não será a mesma que tem sido no passado. Entre os estudantes tem havido homens de são juízo e de experiência que têm tirado proveito da oportunidade de obter mais conhecimento para efetuar uma obra racional na causa de Deus. Estes têm sido uma ajuda na escola, pois contribuem para o seu equilíbrio; mas no futuro a escola se comporá principalmente de alunos cujo caráter tem que ser transformado e aos quais será necessário dedicar muito trabalho paciente; terão que desaprender e aprender de novo. Levará tempo para desenvolver o verdadeiro espírito missionário, e quanto mais estiverem afastados das cidades e das tentações que as inundam, tanto mais fácil será adquirirem o verdadeiro conhecimento e desenvolverem caráter bem equilibrado. FEC 325 1 Os agricultores necessitam de muito mais inteligência em seu trabalho. Na maioria dos casos eles mesmos são culpados se não vêem a terra produzir sua colheita. Devem aprender constantemente como obter da terra uma variedade de tesouros. Na medida do possível, as pessoas devem aprender a depender dos produtos que podem ser obtidos do solo. Em cada fase desta espécie de trabalho podem educar a mente a labutar pela salvação de almas, pelas quais Cristo morreu. "Lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós." Levem os professores de nossas escolas os alunos consigo aos jardins e campos, e ensinem-lhes a cultivar a terra da maneira mais excelente. Seria bom se os pastores que trabalham na palavra ou na doutrina pudessem ir aos campos e passassem parte do dia em exercício físico com os alunos. Poderiam fazer como fez Cristo, dando lições da Natureza para ilustrar a verdade da Bíblia. Tanto os professores como os alunos teriam então muito mais salutar experiência nas coisas espirituais, inteligência mais poderosa e mais puro coração para interpretar os mistérios eternos, do que estudando livros de maneira tão constante e aplicando o cérebro sem exercitar os músculos. Deus concedeu aos homens e às mulheres a faculdade do raciocínio, e quer que empreguem a razão no tocante ao uso de seu mecanismo físico. Pode-se fazer a pergunta: Como pode aquele que maneja o arado e dirige os bois adquirir sabedoria? -- Buscando-a como a prata e procurando-a como a tesouros escondidos. "Assim seu Deus lhe ensina o que é conveniente, e o instrui." "Também isso procede do Senhor dos Exércitos; Ele é maravilhoso em conselho e grande em sabedoria." FEC 326 1 Aquele que ensinou Adão e Eva no Éden a cuidar do jardim, gostaria de instruir os homens hoje. Há sabedoria para aquele que maneja o arado e planta e semeia a semente. A terra tem seus tesouros escondidos, e o Senhor gostaria de ter trabalhando o solo milhares e dezenas de milhares que estão aglomerados nas cidades à espera de uma oportunidade para ganhar uma bagatela; em muitos casos essa bagatela não se converte em pão, mas é posta na gaveta do dono do bar, em troca do que destrói a razão do homem formado à imagem de Deus. Os que tomam suas famílias e as levam para o campo colocam-nas onde terão menos tentações. Os filhos que se acham em companhia de pais que amam e temem a Deus estão em todo sentido melhor situados para aprender do grande Mestre, o qual é a fonte e manancial de sabedoria. Têm eles oportunidade muito mais favorável de se tornarem aptos para o reino do Céu. Enviai os filhos para escolas situadas na cidade onde todo aspecto de tentações está à espera para atraí-los e desmoralizá-los, e a tarefa de edificar o caráter será dez vezes mais árdua para os pais e os filhos. FEC 326 2 Deve-se fazer com que a Terra manifeste sua força; mas, sem a bênção de Deus, ela nada pode fazer. No princípio Deus contemplou tudo quanto fizera e disse que era muito bom. A Terra foi amaldiçoada em conseqüência do pecado. Deve-se, porém, multiplicar essa maldição pelo aumento do pecado? A ignorância está realizando sua funesta obra. Servos indolentes estão aumentando o mal por meio de seus hábitos ociosos. Muitos relutam em ganhar o pão com o suor do rosto e recusam cultivar o solo. Mas nas profundezas da Terra há bênçãos ocultas para os que têm coragem, disposição e perseverança para ajuntar seus tesouros. Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável são reis e rainhas. FEC 327 1 Muitos agricultores têm falhado em arrancar do solo adequado lucro porque empreendem o trabalho como se ele fosse ocupação degradante; não vêem que há nele uma bênção para si e suas famílias. Tudo que podem discernir é o estigma de servidão. Seus pomares são negligenciados, as colheitas não são guardadas no tempo certo e é feito apenas um trabalho superficial no cultivo do solo. Muitos negligenciam suas plantações a fim de observar dias de festas e assistir a corridas de cavalos e freqüentar clubes de apostas; seu dinheiro é gasto em espetáculos, loterias e ociosidade; e depois alegam que não podem obter dinheiro para cultivar a terra e melhorar suas lavouras; se tivessem, porém, mais dinheiro, o resultado seria o mesmo. -- Special Testimonies on Education, Fevereiro de 1894. ------------------------Capítulo 42 -- O fundamento da verdadeira educação FEC 328 1 A verdadeira educação é uma ciência grandiosa, porque se baseia no temor do Senhor, que é o princípio da sabedoria. Cristo é o maior Mestre que este mundo já conheceu, e não é do agrado do Senhor Jesus que os súditos de Seu reino, pelos quais Ele morreu, sejam educados de tal maneira que coloquem a sabedoria dos homens no primeiro plano e releguem a sabedoria de Deus, conforme é revelada em Sua santa Palavra, ao derradeiro lugar. A verdadeira educação preparará as crianças e os jovens para a vida presente, e, com referência à vida futura, para uma herança na pátria melhor, isto é, a celestial. Eles devem ser preparados para a pátria à qual olharam os patriarcas e profetas. "Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a Terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas agora aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não Se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade." FEC 328 2 O método geral de educar a juventude não alcança a norma da verdadeira educação. Sentimentos ateus estão entretecidos nas matérias expostas nos livros escolares, e os oráculos de Deus são colocados em uma luz duvidosa ou até mesmo censurável. Assim a mente dos jovens se familiariza com as sugestões de Satanás; e as dúvidas uma vez acariciadas tornam-se fatos positivos para os que as mantêm, e a pesquisa científica se torna enganosa por causa da forma em que suas descobertas são interpretadas e pervertidas. Os homens assumem o encargo de colocar a Palavra de Deus ante um tribunal finito, e pronuncia-se a sentença sobre a inspiração de Deus de acordo com a avaliação finita, fazendo-se com que a verdade divina se afigure como coisa duvidosa diante dos anais da ciência. Esses falsos educadores exaltam a Natureza acima do Deus da Natureza e acima do Autor de toda ciência verdadeira. Precisamente quando os professores deveriam ter sido firmes e resolutos em seu testemunho; precisamente quando deveria haver-se tornado manifesto que sua alma estava firmada na Rocha Eterna; quando deveriam ter sido capazes de inspirar fé nos que duvidavam, admitiram sua própria incerteza a respeito do que era verdade: se a Palavra de Deus ou as descobertas da falsamente chamada ciência. Os que realmente eram conscienciosos foram levados a titubear em sua fé devido à hesitação dos que professavam ser expoentes da Bíblia quando lidavam com os oráculos vivos. Satanás tem-se aproveitado da incerteza mental e, mediante instrumentalidades invisíveis, tem amontoado seus sofismas, fazendo com que os homens fiquem envoltos na névoa do cepticismo. FEC 329 1 Homens instruídos têm feito preleções em que a verdade é mesclada com o erro; e desequilibraram a mente dos que se inclinavam para o erro em vez de para a verdade. Os sofismas sutilmente tramados pelos assim chamados sábios possuem certo encanto para determinada classe de estudantes; mas a impressão que essas preleções deixam na mente é a de que o Deus da Natureza é restringido por Suas próprias leis. Tem-se discorrido longamente sobre a imutabilidade da Natureza, e teorias cépticas têm sido adotadas de bom grado por aqueles cuja mente escolheu a atmosfera da dúvida, porque não estavam em harmonia com a santa lei de Deus, fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. Sua natural propensão para o mal facilitou-lhes a escolha de falsos caminhos e fez com que duvidassem da veracidade dos relatos e da história tanto do Antigo como do Novo Testamento. Envenenados pelo erro, aproveitaram toda oportunidade para lançar as sementes da dúvida em outros espíritos. A Natureza é exaltada acima do Deus da Natureza, e é destruída a simplicidade da fé, pois dá-se a impressão de que o fundamento da fé é inseguro. Envolta na névoa do cepticismo, a mente dos que duvidam é arremessada contra os recifes da incredulidade. -- The Youth's Instructor, 31 de Janeiro de 1895. ------------------------Capítulo 43 -- Cuidado com as imitações! FEC 331 1 A associação com homens instruídos é tida por alguns em mais alta estima que a comunhão com o Deus do Céu. As declarações dos sábios são consideradas de mais valor que a mais elevada sabedoria revelada na Palavra de Deus. Enquanto, porém, a incredulidade levanta orgulhosamente a cabeça, o Céu contempla com desprezo a vaidade e a insignificância do raciocínio humano, pois o homem em si e por si mesmo é vaidade. Todo o mérito, toda a dignidade moral dos homens tem pertencido a eles simplesmente através dos méritos de Jesus Cristo. Que são, então, as especulações das mentes mais elevadas dentre os maiores homens que já viveram? Não obstante, os homens colocam seu raciocínio humano à frente da revelada vontade de Deus, e apresentam ao mundo o que eles asseveram ser sabedoria mais elevada que a do Eterno. Em suas vãs imaginações pretendem lançar por terra a economia do Céu para satisfazer suas próprias inclinações e desejos. FEC 331 2 O grande Deus tem uma lei para reger Seu reino, e os que a espezinham descobrirão um dia que estão sujeitos a seus estatutos. O remédio para a transgressão não se encontra em declarar que a lei está abolida. Abolir a lei seria desonrá-la e desacatar o Legislador. A única salvação para o transgressor da lei se encontra no Senhor Jesus Cristo; porque mediante a graça e a expiação do Filho unigênito de Deus o pecador pode ser salvo, e vindicar-se a lei. FEC 331 3 Os homens que perante o mundo fazem alarde de ser notáveis exemplos de grandeza, menosprezando ao mesmo tempo a revelada vontade de Deus, cobrem o homem de honra e falam da perfeição da Natureza. Pintam um belíssimo quadro, mas é uma ilusão, um lisonjeiro engano, pois caminham nas faíscas que eles mesmos acenderam. FEC 331 4 Os que apresentam uma doutrina contrária à da Bíblia são guiados pelo grande apóstata que foi expulso dos átrios de Deus. Escreveu-se o seguinte a seu respeito antes de sua queda: "Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura... Tu eras querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. ... Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. ... Eu... te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais serás para sempre." FEC 332 1 Com semelhante guia -- um anjo expulso do Céu -- esses pretensos sábios da Terra podem inventar teorias fascinantes para obcecar a mente dos homens. Paulo disse aos gálatas: "Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?" Satanás tem uma mente superior e agentes escolhidos pelos quais opera para exaltar a homens e honrá-los acima de Deus. Mas Deus está revestido de poder; pode tomar os que estão mortos em delitos e pecados e, por meio da operação do Espírito que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, transformar o caráter humano, restituindo à alma a perdida imagem de Deus. Os que crêem em Jesus Cristo são transformados de rebeldes contra a lei de Deus em servos obedientes e súditos de Seu reino. São de novo nascidos, regenerados, santificados por meio da verdade. O céptico não admite este poder, e nega toda evidência até que caia sob o domínio de suas faculdades finitas. Atreve-se até a pôr de lado a lei de Deus e a assinalar o limite do poder de Jeová. Mas Deus disse: "Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Onde está o sábio? onde o escriba? onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por Sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinal, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus." -- The Youth's Instructor, 7 de Fevereiro de 1895. ------------------------Capítulo 44 -- Rápido preparo para a obra FEC 334 1 Por diversas noites tenho estado muito perplexa. Fico tão perturbada que não consigo dormir bem. Minha atenção tem sido despertada para certas coisas que preciso apresentar diante de vós. FEC 334 2 Os professores de nossas escolas no Sanatório e no Colégio de Battle Creek precisam estar constantemente de sobreaviso, para que os seus planos e sua conduta não debilitem e extingam a fé dos estudantes cujo coração foi profundamente impressionado pelo Espírito Santo. Eles ouviram a voz de Jesus dizendo: "Filho, vai hoje trabalhar na vinha." Sentem necessidade de adequado curso de estudos, a fim de que estejam preparados para labutar para o Mestre, e deve-se fazer todo o esforço possível para apressar seu avanço; mas deve ser mantido constantemente à vista o objetivo de sua educação. Desnecessária delonga não deve ser recomendada nem permitida. As pessoas que se comprometeram a ajudar a sustentar os alunos durante seu curso de estudos sofrem grande perda se o tempo e o dinheiro são gastos insensatamente. Tais pessoas manifestaram boa vontade e prontidão para ajudar; mas ficam desalentadas quando vêem prolongar-se o tempo calculado inicialmente como sendo necessário para os estudantes receberem o devido preparo para a obra, incentivando-se ainda os alunos a fazer outro curso de estudos à custa dessas pessoas. Os anos passam, e ainda é realçada perante os estudantes a necessidade de mais instrução. Este prolongado processo de aumentar cada vez mais o tempo e os ramos de estudo é uma das ciladas de Satanás para deter os obreiros. FEC 334 3 Os alunos, por si mesmos, não cogitariam em semelhante delonga para ingressarem na obra, se não lhes fosse recomendada com insistência pelos supostos pastores e tutores que são os seus professores e médicos. Se houvesse mil anos à nossa frente, tal profundeza de conhecimento não seria solicitada, embora fosse muito mais conveniente; mas o nosso tempo agora é restrito. Foi declarado: "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações." FEC 335 1 Não pertencemos à classe de pessoas que definem o exato período de tempo que decorrerá antes da segunda vinda de Jesus com poder e grande glória. Alguns marcaram certo tempo, e quando esse tempo passou, seu espírito presunçoso não aceitou a repreensão, e eles têm marcado diversas outras datas; numerosos malogros sucessivos caracterizaram-nos, porém, como falsos profetas. "As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre." A despeito do fato de haver falsos profetas, também há os que pregam a verdade segundo é apresentada nas Escrituras. Com profundo ardor e com genuína fé, movidos pelo Espírito Santo, eles estão incitando mentes e corações, mostrando-lhes que estamos vivendo perto da segunda vinda de Cristo, mas o dia e a hora de Seu aparecimento acham-se fora do alcance da compreensão humana; pois "a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão somente o Pai". FEC 335 2 Deus estabeleceu, porém, um dia para o término da história deste mundo. "Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." A profecia se cumpre rapidamente. Mais, muito mais deve ser dito acerca destes assuntos tremendamente importantes. Perto está o dia em que será decidido para sempre o destino de toda alma. Esse dia do Senhor muito se apressa. Os falsos atalaias estão erguendo o brado: "Tudo está bem"; mas o dia de Deus se aproxima rapidamente. O ruído de seus passos é tão abafado que não desperta o mundo do sono mortal em que se acha imerso. Enquanto os atalaias clamam "Paz e segurança", "lhes sobrevirá repentina destruição", "e de nenhum modo escaparão"; "porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra". Ele surpreende o amante dos prazeres e o homem pecaminoso como ladrão de noite. Quando aparentemente tudo está seguro e os homens se recolhem a satisfeito repouso, então o espreitante e furtivo ladrão da meia-noite aproxima-se de sua vítima. Quando é muito tarde para evitar o mal, descobre-se que alguma porta ou janela não foi fechada com segurança. "Ficai também vós apercebidos, porque à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá." As pessoas entregam-se agora ao descanso, imaginando estar seguras dentro das igrejas populares; cuidem todos, porém, para que não seja deixada uma brecha pela qual o inimigo obtenha entrada. Deve-se fazer um grande esforço para manter este assunto perante o povo. O solene fato de que o dia do Senhor virá repentina e inesperadamente deve ser mantido não só perante as pessoas do mundo, mas também diante de nossas próprias igrejas. A terrível advertência da profecia é dirigida a toda alma. Ninguém julgue estar isento do perigo de ser apanhado de surpresa. Não permitais que a interpretação profética de pessoa alguma arrebate vossa convicção do conhecimento de ocorrências que revelam que este grande acontecimento está bem próximo. FEC 336 1 O dinheiro gasto em construções adicionais e ampliações de edifícios existentes em Battle Creek deveria ter sido usado para a produção de facilidades a fim de levar avante a obra em lugares onde não se fez coisa alguma. Deus não Se agrada da maneira pela qual têm sido empregados os Seus recursos. Para com Ele não há acepção de lugares ou de pessoas. FEC 336 2 O costume de proporcionar a algumas pessoas todas as vantagens para aperfeiçoarem sua educação em tantos ramos que lhes seria impossível usar a todos eles, é um dano, em vez de um benefício para aquele que frui tantas vantagens, além de privar a outros dos privilégios de que tanto necessitam. Caso houvesse muito menos desse prolongado preparo, muito menos de exclusiva dedicação ao estudo, haveria muito mais ensejo para os estudantes aumentarem a fé em Deus. Aquele que durante longo tempo só dedica todas as suas energias ao estudo, torna-se fascinado, ficando realmente absorto em seus livros, e perde de vista o alvo que pretendia alcançar ao vir para a escola. Foi-me mostrado que alguns dos alunos estão perdendo a espiritualidade, que sua fé se vai enfraquecendo e que eles não entretêm contínua comunhão com Deus. Despendem quase todo o tempo no manuseio de livros; parecem conhecer bem pouco mais que isto. Mas de que proveito lhes será todo esse preparo? Que benefício fruirão de todo o tempo e recursos empregados? Digo-vos que serão mais do que perdidos. Deve haver menos dessa espécie de trabalho, e mais fé no poder divino. O povo que ama os mandamentos de Deus deve testificar ao mundo de sua fé por meio de suas obras. FEC 337 1 Quando os estudantes vêm a Battle Creek de longas distâncias e com grandes despesas, esperando receber instrução a respeito de como podem tornar-se missionários de êxito, essa idéia não deve ser perdida de vista numa variedade de estudos. Considerai a Moisés; o grande anelo de sua alma era que a presença de Deus estivesse com ele, e que pudesse contemplar-Lhe a glória. Se forem dados aos alunos mais estudos do que os que são absolutamente necessários, isso concorre para fazer com que olvidem o verdadeiro objetivo de sua vinda a Battle Creek. Agora é o tempo em que é essencial efetuar somente o trabalho que for necessário. Longos anos de preparo não são uma real necessidade. O preparo dos estudantes tem sido conduzido de acordo com o mesmo princípio que os processos de construção. Tem-se acrescentado um edifício após o outro simplesmente para tornar as coisas um pouco mais cômodas e esmeradas. Deus está solicitando -- e isso por diversos anos -- que haja uma reforma nestes aspectos. Ele quer que não haja desnecessário dispêndio de recursos. O Senhor não está a favor de que sejam gastos tanto tempo e dinheiro com umas poucas pessoas que vêm a Battle Creek a fim de obter melhor preparo para a obra. Em todos os casos deve haver a mais atenta consideração quanto à melhor maneira de gastar dinheiro na educação dos alunos. Ao passo que tanto se emprega para pôr uns poucos em dispendioso curso de estudos, muitos há que se acham sedentos do conhecimento que poderiam obter dentro de alguns meses; um ou dois anos seriam considerados grande bênção. Se todos os meios são usados em manter alguns por vários anos de estudo, muitos rapazes e moças igualmente dignos não podem receber nenhuma ajuda. FEC 338 1 Espero que os administradores da escola e do Sanatório de Battle Creek considerem esta questão devota e inteligentemente, e sem parcialidade. Em lugar de supereducar a alguns, ampliai a esfera de vossa caridade. Resolvei que os meios que pretendeis usar em educar obreiros para a causa não sejam gastos simplesmente com um, habilitando-o a obter mais do que ele na realidade necessita, ao passo que outros são deixados sem receber coisa nenhuma. Dai aos alunos um começo, mas não considereis vosso dever conduzi-los ano após ano. É seu dever saírem para o campo a trabalhar, e a vós cumpre estender vossa caridade a outros que necessitam de auxílio. FEC 338 2 A obra de Cristo não foi realizada de tal modo que deslumbrasse os homens com Suas aptidões superiores. Ele saiu do seio do Onisciente, e poderia haver assombrado o mundo com o grande e glorioso conhecimento que possuía; ficou, no entanto, calado e silencioso. Não era Sua missão esmagá-los com a imensidade dos Seus talentos, e, sim, andar com mansidão e humildade, para que pudesse ensinar aos ignorantes o caminho da salvação. Um devotamento demasiado grande ao estudo, mesmo da verdadeira ciência, gera anormal apetite, o qual se desenvolve à medida que é alimentado. Isto cria o desejo de adquirir mais conhecimento do que é essencial para efetuar a obra do Senhor. A perseguição do conhecimento meramente por amor dele desvia a mente da devoção para com Deus, detém o progresso no sentido da santidade prática e impede a alma de percorrer o caminho que conduz a uma vida mais santa e feliz. O Senhor Jesus só comunicava a medida de instrução que podia ser utilizada. Meus irmãos, vossa maneira de apresentar a necessidade de anos de estudo não agrada a Deus. FEC 338 3 O Senhor Jesus deseja que os homens desenvolvam os seus talentos, e prometeu acrescentar graça a graça. Comunicando aos outros, receberemos em maior abundância. E, ao labutarmos deste modo, a mente não será obstruída por uma grande quantidade de assuntos que nela se acumularam pela falta de oportunidade de comunicar o que foi recebido. O estudante torna-se um dispéptico mental pelo acúmulo de muitas coisas que não consegue usar. Tem sido desperdiçado muito tempo e prejudicada a utilidade progressiva dos alunos pelo ensino daquilo que não pode ser utilizado pelo Espírito de Deus. FEC 339 1 Os que vêm para a escola de Battle Creek devem ser conduzidos com rapidez e eficiência através de um tal curso de estudos que seja de utilidade prática no salutar desenvolvimento do corpo e santa atividade da alma. Em Seu evangelho, Deus fala não somente para favorecer o crescimento da capacidade mental do homem, mas também para ensinar como podem ser avivadas as sensibilidades morais. Isto é ilustrado pelo caso de Daniel e os três hebreus. Eles conservaram sempre diante de si o temor e o amor de Deus, e o resultado é consignado da seguinte maneira: "A estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos." FEC 339 2 Cristo disse: "Bem-aventurados são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam." Só o pão da vida pode satisfazer a alma faminta. Só a água da vida saciará a sede da alma. A mente dos discípulos era muitas vezes excitada pela curiosidade; mas em vez de satisfazer-lhes o desejo de conhecer coisas que não eram necessárias para o adequado desempenho de sua obra, Ele franqueava-lhes ao espírito novas direções de pensamento. Dava-lhes muito necessárias instruções quanto à piedade prática. FEC 339 3 Os numerosos ramos que os estudantes são induzidos a assumir em seus estudos, retendo-os da obra por diversos anos, não fazem parte da ordem de Deus. Cristo veio buscar e salvar o perdido. Ao dizer: "Segue-Me", Ele assumiu a posição de instrutor. Toda a luz que Ele trouxe do Céu para os homens deve ser usada para revelar-lhes a profundeza da destruição em que foram lançados por seus pecados e para indicar-lhes a única vereda que pode ser trilhada com a esperança de chegar a um lugar seguro. Os brilhantes raios do Sol da Justiça incidem sobre esta vereda, e o viandante, embora ingênuo, não precisa errar o caminho. Os que vêm para Battle Creek não devem ser incentivados a absorver diversos anos de estudo. FEC 340 1 A intemperança no estudo é uma espécie de intoxicação, e os que condescendem com ela, à semelhança do ébrio, desviam-se das veredas seguras, e tropeçam e caem nas trevas. O Senhor quer que todo estudante conserve em mente que devemos ter em vista, unicamente, a glória de Deus. Eles não devem exaurir e dissipar suas energias físicas e mentais em buscar obter todo conhecimento possível das ciências; mas todo indivíduo deve conservar o brilho e o vigor de todas as suas energias para se empenhar na obra que o Senhor lhe designou em auxiliar almas a encontrar a vereda da justiça. Todos devem conservar o vigor de sua vida, sua energia espiritual e suas aspirações, e preparar-se para deixar os seus estudos na escola e assumir os estudos mais práticos na esfera de atividade, onde os anjos cooperam com eles. Os seres celestiais operam por meio dos agentes humanos. A ordem do Céu é fazer, trabalhar -- fazer algo que redunde para a glória de Deus pelo fato de ser um benefício para nossos semelhantes prestes a perecer. FEC 340 2 Existe o grande perigo de que os alunos de nossas escolas deixem de aprender a importantíssima lição que nosso Mestre deseja que eles aprendam. Esta lição nos é transmitida neste trecho das Escrituras: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Alguns não somente deixaram de aprender a levar o jugo do manso e humilde Jesus, mas têm sido incapazes de resistir às tentações que os assediam. Jovens inexperientes que percorreram longas distâncias para obter as vantagens de uma educação em nossa escola perderam seu apego a Jesus. Essas coisas não deveriam ser assim. FEC 341 1 O Senhor não escolhe nem aceita trabalhadores segundo as numerosas vantagens que eles têm desfrutado, ou segundo a educação superior que receberam. O valor do instrumento humano é avaliado de acordo com a capacidade do coração para conhecer e compreender a Deus. "Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. Participa dos meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus." O supremo bem possível é obtido por meio do conhecimento de Deus. "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." FEC 341 2 Este conhecimento é a fonte secreta de que dimana todo o poder. É mediante o exercício da faculdade da fé que somos habilitados a receber e praticar a palavra de Deus. Não se pode aceitar nenhuma desculpa, nem receber algum pretexto de justificação para não conhecer e compreender a vontade do Senhor. Deus iluminará o coração que é leal a Ele. Pode discernir os pensamentos e as intenções do coração. É inútil alegar que se as coisas fossem assim e assim, teríamos feito isso e aquilo. Não há um "se" em relação com os requisitos de Deus; Sua palavra é sim e amém. No coração de fé não pode haver a menor dúvida quanto ao poder de Deus para cumprir Suas promessas. A fé genuína atua pelo amor e purifica a alma. FEC 341 3 Disse Jesus para o pai aflito que solicitou que o terno amor e a compaixão de Cristo fossem exercidos em favor de seu atribulado filho: "Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê." Todas as coisas são possíveis para Deus, e pela fé podemos apoderar-nos de Seu poder. Mas a fé não é visão; a fé não é sentimento; a fé não é realidade. "Fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." Viver pela fé significa pôr de lado os sentimentos e os desejos egoístas, andar humildemente com o Senhor, apoderar-se de Suas promessas e aplicá-las a todas as ocasiões, crendo que Deus executará Seus planos e propósitos em nosso coração e vida pela santificação de nosso caráter; significa depender inteiramente da fidelidade de Deus e nela confiar implicitamente. Se for tomada essa atitude, outros verão os frutos especiais do Espírito manifestados na vida e no caráter. FEC 342 1 A educação recebida por Moisés, como neto do rei, foi completa. Não se negligenciou nada que pudesse torná-lo um sábio segundo a concepção que os egípcios tinham acerca da sabedoria. Essa educação serviu de auxílio para ele em muitos sentidos; mas a parte mais valiosa de seu preparo para a obra de sua vida foi adquirida enquanto ele labutava como pastor. Enquanto ele guiava seus rebanhos através dos ermos agrestes das montanhas e aos pastos verdejantes dos vales, o Deus da Natureza ensinou-lhe a sabedoria mais elevada e grandiosa. Na escola da Natureza, tendo o próprio Cristo como professor, ele contemplou e aprendeu lições de humildade, mansidão, fé e confiança, e de um modesto sistema de vida, servindo tudo isso para ligar sua alma mais firmemente com Deus. Na solidão das montanhas ele aprendeu aquilo que toda a sua instrução no palácio real não conseguiu transmitir-lhe -- simples e inabalável fé e constante confiança no Senhor. FEC 342 2 Moisés supunha que sua educação na sabedoria do Egito o habilitara plenamente para libertar a Israel do cativeiro. Não era ele versado em todas as coisas necessárias para um general de exército? Não tivera as maiores vantagens das melhores escolas do país? -- Sim; ele achava que estava em condições de livrá-los. Aplicou-se primeiro ao trabalho procurando granjear o favor de seu próprio povo, reparando suas injustiças. Ele matou um egípcio que afligia um de seus irmãos. Com isto ele manifestou o espírito daquele que foi homicida desde o princípio e demonstrou ser incompetente para representar o Deus de misericórdia, amor e ternura. Transformou sua primeira tentativa num deplorável fracasso. Como muitos outros, perdeu então imediatamente a confiança em Deus e volveu as costas para a obra que lhe fora designada; fugiu da ira de Faraó. Ele inferiu que devido a seu erro, seu grande pecado de tirar a vida do cruel egípcio, Deus não permitiria que tivesse alguma parte na obra de livrar Seu povo da atroz servidão. Mas o Senhor permitiu essas coisas para que pudesse ensinar-lhe a delicadeza, bondade, longanimidade que todo trabalhador para o Mestre necessita possuir; pois são estes os característicos que distinguem o obreiro de êxito na causa do Senhor. FEC 343 1 O conhecimento dos atributos do caráter de Cristo Jesus não pode ser obtido por meio da mais elevada educação nas melhores escolas científicas. Essa sabedoria só é aprendida do grande Mestre. As lições de mansidão semelhante à de Cristo, humildade de coração, reverência pelas coisas sagradas, não são ensinadas eficazmente em nenhuma outra parte, a não ser na escola de Cristo. Moisés fora ensinado a esperar lisonja e louvor em virtude de suas aptidões superiores; mas devia aprender agora uma lição diferente. Como pastor de ovelhas, Moisés foi ensinado a cuidar das ovelhas aflitas, a tratar das que se achavam doentes, a procurar pacientemente pelas que se desgarravam, a tolerar as ovelhas obstinadas, a suprir com amorosa solicitude as necessidades dos cordeirinhos e das ovelhas mais velhas e fracas. À medida que se desenvolveram estes aspectos de seu caráter, ele foi atraído para mais perto do Supremo Pastor. Uniu-se ao Santo de Israel e submergiu-se nEle. Cria no grande Deus. Mantinha comunhão com o Pai por meio de humilde oração. Volvia-se para o Altíssimo em busca de educação nas coisas espirituais e de conhecimento de seus deveres como fiel pastor. Sua vida tornou-se tão intimamente ligada com o Céu que Deus falava com ele face a face. FEC 343 2 Estando assim preparado, ele achava-se disposto a atender ao chamado de Deus para trocar seu cajado de pastor pela vara da autoridade; a deixar seu rebanho de ovelhas a fim de assumir a liderança de mais de um milhão de pessoas idólatras e rebeldes. Teria de confiar, porém, no Guia invisível. Assim como a vara era simplesmente um instrumento em sua mão, assim deveria ele ser um instrumento submisso manejado pela mão de Jesus Cristo. Moisés foi escolhido para ser o pastor do próprio povo de Deus, e foi por meio de sua firme fé e inabalável confiança no Senhor que tantas bênçãos chegaram aos filhos de Israel. O Senhor Jesus procura a cooperação de homens que se tornem canais desimpedidos por cujo intermédio as riquezas celestiais possam ser derramadas sobre o povo de Seu amor. Ele trabalha por meio de homens para o soerguimento e a salvação de Seus escolhidos. FEC 344 1 Moisés foi chamado para labutar de parceria com o Senhor, e foi a simplicidade de seu caráter, associada à educação prática, que o tornou um homem tão representativo. No auge de sua glória humana, o Senhor permitiu que Moisés revelasse a insensatez da sabedoria do homem, a debilidade da força humana, para que pudesse compreender seu total desamparo e sua ineficiência sem ser amparado pelo Senhor Jesus. FEC 344 2 A precipitação de Moisés em matar o egípcio foi instigada por um espírito presunçoso. A fé age na força e sabedoria de Deus, e não segundo os métodos humanos. Por meio de simples fé, Moisés foi habilitado a transpor dificuldades e a vencer obstáculos que quase pareciam insuperáveis. Quando eles confiavam nEle, e não em seu próprio poder, o poderoso General dos Exércitos era fiel a Israel. Livrou-os de muitas dificuldades de que jamais teriam escapado se fossem abandonados a sua própria sorte. Deus conseguiu manifestar Seu grande poder por intermédio de Moisés em virtude de sua constante fé no poder e nas amorosas intenções de seu Libertador. Foi essa implícita fé em Deus que fez de Moisés o que ele era. Segundo tudo o que lhe ordenou o Senhor, assim procedeu ele. Toda a erudição dos sábios não poderia, porém, torná-lo um instrumento pelo qual o Senhor pudesse trabalhar enquanto não perdesse a confiança em si mesmo, não compreendesse seu próprio desamparo e não pusesse a confiança em Deus; enquanto não estivesse disposto a obedecer às ordens de Deus, quer parecessem ou não apropriadas a seu raciocínio humano. FEC 344 3 As pessoas que recusam avançar até que vejam todo passo claramente assinalado à sua frente, nunca efetuarão muita coisa; mas todo homem que manifesta sua fé e confiança em Deus submetendo-se voluntariamente a Ele, suportando a disciplina divina que lhe é imposta, tornar-se-á um obreiro de êxito para o Senhor da vinha. Em seus esforços para habilitar-se a ser cooperadores de Deus, os homens com freqüência se colocam em tais posições que os inabilitam completamente para a moldagem e modelação que o Senhor deseja dar-lhes. Não são, pois, portadores, como Moisés, da semelhança divina. Submetendo-se à disciplina de Deus, Moisés tornou-se um instrumento santificado por cujo intermédio o Senhor podia operar. Ele não hesitou em trocar o seu caminho pelo caminho do Senhor, embora este o conduzisse por veredas estranhas, por sendas ainda não palmilhadas. Não se atreveu a fazer uso de sua educação para mostrar a insensatez das ordens de Deus e a impossibilidade de obedecer-lhes. Não; ele deu bem pouco valor às suas próprias qualidades para completar com êxito a grande obra que o Senhor lhe havia designado. Quando começou o seu encargo de livrar o povo de Deus da servidão em que se achavam, segundo todas as probabilidades humanas esse empreendimento era assaz inauspicioso; mas ele confiou nAquele para o qual tudo é possível. FEC 345 1 Numerosas pessoas em nossos dias têm tido muito melhores oportunidades e desfrutado muito maiores privilégios para obter conhecimento de Deus, do que Moisés; mas a fé deste último confunde sua manifesta incredulidade. Ao mandado de Deus, Moisés avançava, embora não houvesse adiante coisa alguma em que firmar os pés. Mais de um milhão de pessoas dependiam dele, e conduziu-as passo a passo, dia após dia. Deus permitiu essas solitárias jornadas através do deserto, a fim de que Seu povo pudesse adquirir experiência no suportar asperezas, e para que, quando estivessem em perigo, soubessem que unicamente em Deus havia alívio e livramento, aprendendo assim a conhecer a Deus e a confiar nEle, e a servi-Lo com fé viva. Não foi o ensino das escolas do Egito que habilitou Moisés a triunfar de todos os seus inimigos, mas persistente, infalível fé, fé que não faltou sob as mais probantes circunstâncias. FEC 346 1 Quando Deus ordenava que Moisés fizesse alguma coisa, ele a fazia sem deter-se para considerar quais seriam as conseqüências. Atribuía a Deus o mérito pela sabedoria para entender o que Ele indicava, e firmeza de propósito para indicar o que Ele dizia; e por isso Moisés procedia como quem vê Aquele que é invisível. Deus não está à procura de homens de educação perfeita. Sua obra não deve esperar enquanto seus servos passam por preparações tão admiravelmente elaboradas como as que nossas escolas estão planejando ministrar; mas o Senhor quer homens que apreciem o privilégio de ser cooperadores de Deus -- homens que O honrem prestando implícita obediência a Seus reclamos, a despeito de teorias anteriormente incutidas. Não há limites à utilidade dos que põem de lado o próprio eu, dão lugar à operação do Espírito Santo em seu coração, e vivem uma existência inteiramente consagrada ao serviço de Deus, suportando a necessária disciplina imposta pelo Senhor, sem se queixar nem desfalecer pelo caminho. Caso não desmaiem ante a repreensão do Senhor, tornando-se endurecidos e obstinados, Ele ensinará tanto aos jovens como aos velhos, hora por hora, dia por dia. Anela revelar Sua salvação aos filhos dos homens; e se Seu povo escolhido remover os obstáculos, fará fluir, em abundantes torrentes, as águas da salvação, por meio dos condutos humanos. FEC 346 2 Muitos que estão buscando eficiência para a exaltada obra de Deus mediante o aperfeiçoamento de sua educação nas escolas dos homens, verificarão que deixaram de aprender as mais importantes lições que o Senhor desejava ensinar-lhes. Negligenciando submeter-se às impressões do Espírito Santo, deixando de viver em obediência a todas as reivindicações de Deus, enfraqueceu-se-lhes o poder espiritual; perderam a habilidade que acaso possuíam para efetuar com êxito trabalho para o Senhor. Ausentando-se da escola de Cristo, esqueceram o som da voz do Mestre, e Ele não lhes pode dirigir a conduta. Os homens podem adquirir todo conhecimento suscetível de ser comunicado pelo professor humano; Deus, porém, deles requer ainda maior sabedoria. Como Moisés, precisam aprender mansidão, humildade de coração e desconfiança do próprio eu. Nosso próprio Salvador, quando suportando a prova pela humanidade, reconheceu que, de Si mesmo, nada podia fazer. Também nós precisamos aprender que, de si mesma, a humanidade não possui força alguma. O homem só se torna eficiente ao partilhar da natureza divina. FEC 347 1 Desde o abrir pela primeira vez um livro, o aspirante a uma educação deve reconhecer que Deus é o único que pode comunicar verdadeira sabedoria. Cumpre-lhe buscar o conselho divino a cada passo ao longo do caminho. Não se deve fazer nenhum arranjo de que Deus não possa ser participante, nenhuma união se formar a que Ele não possa dar Sua aprovação. Do princípio ao fim, o Autor da sabedoria deve ser reconhecido como guia. Assim, o conhecimento obtido dos livros será cingido por viva fé no infinito Deus. O aluno não se deve obrigar a nenhum curso particular de estudo que envolva longos períodos de tempo, mas ser guiado nesses assuntos pelo Espírito de Deus. FEC 347 2 Um curso de estudo em Ann Arbor pode ser considerado essencial para alguns; influências perniciosas estão, porém, sempre operando ali sobre espíritos suscetíveis, de modo que quanto mais progridem nos estudos, menos consideram necessário buscar o conhecimento da vontade e dos caminhos de Deus. Ninguém se devia permitir seguir um curso de estudo que lhe venha enfraquecer a fé na verdade ou no poder do Senhor, ou diminuir-lhe o respeito pela vida de santidade. Quisera advertir os estudantes a não darem um passo neste sentido, nem mesmo por conselho de seus instrutores, ou de homens em posição de autoridade, a não ser que hajam primeiro buscado a Deus em particular, o coração aberto às influências do Espírito Santo, obtendo Seu conselho com relação ao desejado curso de estudo. Ponde à margem todo desejo egoísta de vos distinguirdes; levai a Deus toda sugestão do lado humano, e confiai na guia de Seu Espírito; seja extirpada toda ambição profana, para que o Senhor não diga: "Bem vi Eu o louco lançar raízes; mas logo declarei maldita a sua habitação." Cada um deve agir de tal maneira que possa dizer: "Tu, ó Senhor, me conheces, Tu me vês, e provas o que sente o meu coração para contigo." "Tu, ó Deus, me vês." O Senhor pondera todos os motivos. Ele discerne os pensamentos, as intenções e os propósitos do coração. Sem Deus não temos esperança; firmemos, portanto, a nossa fé nEle. "Tu és a minha esperança, Senhor Deus; Tu és a minha confiança desde a minha mocidade." FEC 348 1 Todo navio que navega no mar da vida precisa ter a bordo o Piloto divino; mas quando surgem tempestades, quando a tormenta é ameaçadora, muitas pessoas lançam de bordo o Piloto e entregam a embarcação aos cuidados do homem finito, ou procuram dirigi-la por si mesmos. Então seguem-se geralmente a ruína e o naufrágio, e o Piloto é censurado por conduzi-los a tão perigosas águas. Não vos confieis à guarda dos homens, mas dizei: "O Senhor é o meu ajudador; buscar-Lhe-ei o conselho; serei cumpridor de Sua vontade." Todas as vantagens que acaso possuais, não vos podem beneficiar, nem a mais alta educação habilitar-vos a ser condutos de luz, a menos que tenhais a cooperação do divino Espírito. É-nos tão impossível receber habilitações da parte dos homens, sem a iluminação divina, como era aos deuses do Egito livrar os que neles confiavam. Os alunos não devem julgar que toda sugestão para prolongarem os estudos esteja em harmonia com o plano de Deus. Levai toda sugestão ao Senhor em oração, e buscai diligentemente Sua orientação -- não uma vez apenas, mas repetidamente. Pleiteai com Ele até que estejais convencidos de que o conselho provém de Deus ou dos homens. Não coloqueis a vossa confiança em homens. Agi sob a direção do Guia divino. FEC 348 2 Fostes escolhidos por Cristo. Fostes resgatados pelo precioso sangue do Cordeiro. Apresentai diante de Deus a eficácia desse sangue. Dizei-Lhe: "Sou Teu pela criação; sou Teu pela redenção. Respeito a autoridade humana e o conselho de meus irmãos; mas não posso confiar inteiramente neles. Desejo que me ensines, ó Deus. Fiz contigo o concerto de adotar o divino padrão de caráter e que faria de Ti o meu conselheiro e guia -- um participante de todos os planos de minha vida; ensina-me, portanto." Que a glória do Senhor seja vossa principal consideração. Reprimi todo desejo de distinção mundana, toda ambição de obter o primeiro lugar. Incentivai a pureza e santidade de coração, para que possais representar os verdadeiros princípios do evangelho. Seja todo ato de vossa vida santificado pelo sagrado empenho de fazer a vontade do Senhor, para que a vossa influência não conduza os outros a veredas proibidas. Quando Deus é o dirigente, Sua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. FEC 349 1 O Senhor diz: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." O conselho de vossos próprios irmãos pode fazer com que vos desvieis da vereda que o Senhor demarcou para que andásseis nela, pois a mente dos homens nem sempre está sob o domínio do Espírito Santo. "Vigiai", para que vossos estudos não se acumulem tanto e se tornem de tão absorvente interesse para vós, que a mente se vos sobrecarregue, sendo excluído de vossa alma o desejo da piedade. Por parte de muitos alunos, o motivo e ideal que os levou a entrar na escola foi gradualmente perdido de vista, e uma profana ambição de adquirir educação elevada os induziu a sacrificar a verdade. O intenso interesse de obter alta posição entre os homens, fez com que deixassem fora de seus cálculos a vontade do Pai celestial; o verdadeiro conhecimento, porém, leva à santidade da vida mediante a santificação da verdade. FEC 349 2 Com muita freqüência, quando os estudos se acumulam, dá-se lugar secundário à sabedoria do alto, e quanto mais os alunos avançam, tanto menos confiança depositam em Deus. Consideram o muito saber como a própria essência do êxito na vida; mas se todos dessem a devida atenção à declaração de Cristo: "Sem Mim nada podeis fazer", diversos seriam seus planos. Sem os princípios vitais da verdadeira religião, sem o conhecimento de como servir e glorificar o Redentor, a educação é mais nociva que benéfica. Quando a educação nos ramos humanos é levada a tal ponto que o amor de Deus se desvanece no coração, que a oração é negligenciada, e se deixam de cultivar os atributos espirituais, ela é inteiramente desastrosa. Seria muito melhor deixar de buscar educação, e restaurar vossa alma do estado de enlanguescimento, do que adquirir a melhor educação possível, perdendo de vista as vantagens eternas. Muitos há que estão amontoando demasiados estudos num restrito período de tempo. Estão sobrecarregando as faculdades mentais; e conseqüentemente vêem muitas coisas sob um aspecto deturpado. Não se contentam em seguir o curso de estudo regular, mas julgam que lhes é causada uma injustiça quando, em sua ambição egoísta, não recebem permissão para cursar todos os estudos que desejam cursar. Tornam-se mentalmente desequilibrados. Não consideram o fato de que obteriam melhor habilitação para a obra do Mestre se seguissem um curso que não causasse dano a suas faculdades físicas, mentais e morais; sobrecarregando, porém, a mente, trazem sobre si mesmos enfermidades físicas que duram toda a vida, debilitando suas energias e incapacitando-os para a utilidade futura. FEC 350 1 Em caso algum eu aconselharia restringir a educação a que Deus não pôs limite. Nossa educação não finda com as vantagens que este mundo pode oferecer. Por toda a eternidade, os eleitos de Deus serão discípulos. Aconselharia, porém, restrição no seguir os métodos de educação que põem em risco a alma e anulam o desígnio para que se despendem tempo e dinheiro. A educação é uma grande obra vitalícia; para obter, porém, a educação verdadeira, é necessário possuir a sabedoria que só provém de Deus. O Senhor Deus deve ser representado em todo aspecto da educação; é um erro, no entanto, consagrar anos de estudo a um ramo de conhecimento de livros. Depois de haver sido dedicado ao estudo um período de tempo, ninguém aconselhe os alunos a entrarem novamente noutro curso de estudos, mas antes a entrar na obra para que se estiveram preparando. Sejam aconselhados a pôr em prática as teorias que eles já obtiveram. Daniel adotou este procedimento em Babilônia. Ele pôs em prática o que aprendera sob a direção de tutores. Busquem os estudantes a orientação celestial muito mais do que têm feito até agora, e não tomem nenhuma medida, mesmo que seja recomendada por seus professores, a menos que tenham mui humildemente buscado sabedoria de Deus e recebido Sua guia e conselho. FEC 351 1 Os estudantes são autorizados a ir para o colégio por certa extensão de tempo a fim de adquirir conhecimentos científicos; ao fazer isto, porém, eles sempre devem considerar suas necessidades físicas, e buscar sua educação de tal maneira que não prejudiquem nem um pouco o templo do corpo. Tomem o cuidado de não condescender com alguma prática pecaminosa, de não se afadigarem com demasiados estudos, de não ficarem tão absortos na dedicação aos estudos que seja suplantada a verdade e expelido da alma o conhecimento de Deus pelas invenções humanas. Seja todo momento dedicado ao estudo uma ocasião em que a alma esteja consciente das responsabilidades que lhe foram dadas por Deus. Não será então necessário recomendar que os alunos sejam fiéis e justos e que preservem a integridade da alma. Eles respirarão uma atmosfera celestial e toda transação será inspirada pelo Espírito Santo, manifestando-se eqüidade e justiça. FEC 351 2 Se, porém, o corpo é negligenciado, se horas impróprias são consumidas no estudo, se a mente é sobrecarregada, se as energias físicas não são aproveitadas e se debilitam, então o mecanismo humano fica entravado, e são negligenciadas as questões essenciais ao nosso bem-estar futuro e felicidade eterna. O conhecimento dos livros se torna extremamente importante, e Deus é desonrado. O estudante olvida as palavras da inspiração e não segue a instrução do Senhor ao dizer Ele: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." A mente de muitos necessita renovar-se, transformar-se e ser moldada segundo o plano de Deus. Muitos se estão arruinando física, mental e moralmente, em razão de excesso de dedicação ao estudo. Estão se prejudicando para o tempo e a eternidade devido a hábitos de intemperança no buscar educação. Estão perdendo o desejo de aprender na escola de Cristo, lições de mansidão e de humildade de coração. Todo momento que passa está carregado de resultados eternos. A integridade será o infalível resultado de seguir no caminho da justiça. FEC 352 1 A fim de solver o problema da educação será necessário que a pessoa cometa um roubo para com Deus e recuse prestar-Lhe o serviço voluntário das faculdades do Espírito, alma e corpo? Deus insta convosco para que vos torneis praticantes de Sua Palavra, a fim de que sejais completamente educados nos princípios que vos concederão habilitação para o Céu. Não deve ser seguido nenhum método de educação que exclua a Palavra de Deus. Seja a Palavra de Deus o vosso conselheiro. O objetivo da educação deve ser receber luz para poder comunicá-la, fazendo com que incida sobre os outros por meio de boas obras. A educação mais elevada é o conhecimento de Deus. "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." Lede o primeiro e o segundo capítulos de I Coríntios com profundo interesse, e orai para que Deus vos dê entendimento, de modo que possais compreender pôr em prática as verdades ali reveladas. "Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dEle, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor." "O Senhor é sublime, pois habita nas alturas; encheu a Sião de direito e de justiça. Haverá, ó Sião, estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e conhecimento; o temor do Senhor será o teu tesouro." FEC 353 1 O tempo é breve, e há apenas poucos obreiros na vinha do Senhor. Alguns foram enviados desta parte do mundo para se educarem em Battle Creek, a fim de que se tornem cooperadores de Deus. Esperava-se que o Espírito Santo trabalhasse com eles para salvação dos que estão na sombra da morte. Esses estudantes têm sido sustentados pelos sacrifícios de homens e mulheres que, segundo posso afirmar com certeza, tomaram dinheiro emprestado para pagar a taxa escolar e cobrir as despesas. O mundo precisa ser advertido; e, no entanto, julgastes necessário despender tempo e dinheiro em fazer desnecessariamente um extenso preparo para a obra que esses estudantes podem ser convidados a realizar. Vive hoje o mesmo Deus que Isaías viu em sua visão, e Ele pode dar esclarecimento aos que desempenham uma parte na obra de preparar homens para um trabalho solene e sagrado. Ele diz: "Eu, o Senhor, amo o juízo, e odeio a iniqüidade do roubo; dar-lhes-ei fielmente a sua recompensa e com eles farei aliança eterna." FEC 353 2 Os que dirigem a obra de educação estão colocando excessiva quantidade de estudos diante dos que têm vindo a Battle Creek a fim de se prepararem para a obra do Mestre. Eles têm suposto que lhes é necessário aprofundar-se cada vez mais nos ramos educacionais; e enquanto seguem diversos cursos de estudos, dissipa-se um ano após outro de precioso tempo e desaparecem áureas oportunidades que nunca mais voltarão. Há procrastinação em lançar estes homens ao trabalho; e os alunos estão perdendo seu interesse pelas almas e confiam cada vez mais numa educação baseada no conhecimento de livros, e não na eficácia do Espírito Santo e naquilo que o Senhor prometeu fazer por eles. FEC 354 1 Este fardo tem estado sobre mim durante anos. É adotado em Battle Creek um procedimento que o Senhor não aprova. O fim de todas as coisas está próximo. O dia de aflição, de angústia, de calamidade, de retribuição, de castigo pelo pecado aproxima-se do mundo como ladrão de noite. Está perto o tempo em que sobrevirá ao mundo repentina destruição, e de nenhum modo escaparão. Tenho uma palavra de advertência para vós. Considerais as coisas sob uma luz muito fraca, e em excessiva proporção de um ponto de vista meramente humano. Até agora tem-se trabalhado apenas em uma pequenina parte da grande vinha moral de Deus. Relativamente, bem poucos têm recebido a última mensagem de misericórdia a ser transmitida ao mundo. Os estudantes são levados a imaginar que sua eficiência depende de sua educação e preparo; mas o êxito da obra não depende da quantidade de conhecimento que os homens têm sobre questões científicas. O pensamento que se deve conservar diante dos alunos, é que o tempo é breve, e que se devem preparar rapidamente para fazer a obra essencial para este tempo. Mediante a graça que lhe é dada por Deus, todo homem deve realizar a obra, não confiando em seu fervor ou aptidão humana, pois Deus pode remover a aptidão humana num momento. Pelo poder do Salvador vivo, que é hoje nosso Advogado nas cortes celestiais, procure cada um fazer a vontade de Deus. FEC 354 2 É-me ordenado dizer-vos que não sabeis quão presto sobrevirá a crise. Ela vem vindo furtiva e gradualmente sobre nós, como um ladrão. O Sol resplandece no céu, seguindo seu curso habitual, e os céus ainda declaram a glória de Deus; os homens prosseguem em sua habitual rotina de comer e beber, plantar e construir, casar e dar-se em casamento; os comerciantes se acham ainda empenhados em comprar e vender; as publicações saem umas após outras; os homens acotovelam-se uns aos outros em busca das mais altas posições; os amantes de prazeres continuam a freqüentar os teatros, as corridas de cavalos, os centros de jogo, e domina o máximo de excitação; a hora da graça, no entanto, vai-se presto encerrando, e cada caso está a ponto de ser eternamente decidido. Poucos há que acreditem de alma e coração que temos um Céu a ganhar e um inferno de que fugir; estes, porém, revelam pelas obras a sua fé. Os sinais da vinda de Cristo estão-se cumprindo rapidamente. Satanás vê que não lhe resta senão pouco tempo para operar, e tem posto seus agentes a trabalhar no sentido de sublevar os elementos do mundo, para que os homens sejam enganados, iludidos, e se conservem ocupados e absorvidos até que finde o tempo da graça, e para sempre se feche a porta da misericórdia. FEC 355 1 Os reinos deste mundo ainda não se tornaram os reinos de nosso Senhor e de Seu Cristo. Não vos enganeis; estai plenamente acordados, e agi com rapidez; pois a noite vem, na qual ninguém pode trabalhar. Não animeis estudantes que vos procuram, preocupados com a obra de salvar seus semelhantes, a entrar num curso de estudos após outro. Não prolongueis por muitos anos o tempo da educação. Assim fazendo, dais-lhes a impressão de que há tempo bastante, e esse próprio plano se demonstra para sua alma uma armadilha. Muitos há que se encontram mais bem preparados, com mais discernimento espiritual e conhecimento de Deus, e que conhecem mais os Seus reclamos, ao entrarem no curso de estudos, do que quando se diplomam. Apodera-se deles a ambição de se tornarem homens instruídos, e são estimulados a acrescentar os estudos até que com eles ficam envaidecidos. Fazem dos livros seu ídolo, e estão dispostos a sacrificar a saúde e a espiritualidade a fim de obter educação. Limitam o tempo que deveria ser dedicado à oração, e deixam de aproveitar as oportunidades de fazer o bem, não transmitindo luz e conhecimento. Não põem em uso o conhecimento já adquirido, e não progridem na ciência de ganhar almas. O trabalho missionário torna-se cada vez menos desejável, ao passo que o anseio de sobrepujar no conhecimento dos livros cresce de modo anormal. Prosseguindo em seus estudos, separam-se do Deus de sabedoria. Alguns os felicitam por seu progresso, e estimulam-nos a obter título após título, mesmo que estejam menos habilitados a fazer a obra de Deus à maneira das instruções de Cristo, do que antes de ingressarem na escola de Battle Creek. FEC 356 1 Foi feita a pergunta aos que se achavam reunidos: "Acreditais na verdade? acreditais na terceira mensagem angélica? Se o credes, vivei então segundo a vossa fé, e não incentiveis os homens a continuar em Battle Creek quando deveriam estar longe desse lugar, fazendo o trabalho do Mestre." O Senhor não é glorificado com essa delonga. Alguns vão a Battle Creek e obtêm uma idéia muito mais elevada de suas capacidades do que deveriam obter. São estimulados a fazer um prolongado curso de estudo; mas não é esta a vontade de Deus. Isso não conta com a aprovação celestial. O precioso tempo de graça não permite longamente delineados anos de preparo. Deus chama; ouvi-Lhe a voz, enquanto diz: "Vai trabalhar hoje na Minha vinha." Agora, exatamente agora, é o tempo de trabalhar. Acreditais que a vinda do Senhor está próxima e que a última grande crise está prestes a desabar sobre o mundo? FEC 356 2 Logo haverá súbita mudança no trato de Deus. O mundo em sua perversidade está sendo afligido por calamidades, como inundações, tempestades, incêndios, terremotos, fomes, guerras e derramamento de sangue. "O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em poder, e jamais inocenta o culpado. O Senhor tem o Seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos Seus pés." Quem dera que os homens entendessem a paciência e a longanimidade de Deus! Ele restringe os próprios atributos. Seu onipotente poder está sob o controle da Onipotência. Ah! se os homens entendessem que Deus Se recusa a cansar-Se com a perversidade do mundo, estendendo ainda a esperança do perdão, mesmo aos menos merecedores! Sua paciência, porém, não continuará para sempre. Quem está preparado para a súbita mudança que se operará no trato de Deus com os pecadores? Quem está preparado para escapar ao castigo que sobrevirá por certo aos transgressores? FEC 357 1 Não temos um milênio temporal para fazer a obra de advertir o mundo. Há necessidade de transformação da alma. A inteligência mais eficaz que pode ser alcançada será obtida na escola de Cristo. Compreendei que nada digo nestas palavras para depreciar a educação, mas falo a fim de advertir os que se acham em risco de levar o que é lícito a ilícitos extremos, e de dar demasiado valor à educação humana. Insisti antes sobre o desenvolvimento da valiosa experiência cristã, porquanto sem isto, de nenhum proveito será a educação do aluno. FEC 357 2 Se virdes que os estudantes estão em perigo de absorver-se com os estudos a ponto de negligenciar o estudo daquele Livro que os informa quanto à maneira de assegurar o futuro bem-estar de sua alma, não lhes apresenteis a tentação de se aprofundarem mais, de prolongarem o tempo de preparo. Por essa maneira seria perdido de vista tudo quanto tornaria de valor para o mundo a educação dos alunos. Cristo Jesus deve ser cada vez mais amado; mas alguns têm ido a Battle Creek em busca de educação, quando, se houvessem permanecido à distância, estariam muito mais bem preparados para a obra de Deus. Tê-la-iam levado avante com simplicidade, da maneira pela qual Cristo labutou. Teriam confiado mais em Deus e no poder do Espírito Santo, e muito menos em sua educação. Longos períodos de contínuo estudo são prejudiciais para o bem-estar físico, mental e moral. FEC 357 3 Lede o Antigo e o Novo Testamentos com o coração contrito. Lede-os devota e fielmente, suplicando que o Espírito Santo vos conceda entendimento. Daniel examinou a parte do Antigo Testamento que estava à sua disposição e fez da Palavra de Deus seu melhor instrutor, aproveitando ao mesmo tempo as oportunidades que lhe foram dadas para tornar-se versado em todos os ramos do conhecimento. Seus companheiros fizeram a mesma coisa, e lemos o seguinte: "Em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino." "A estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos." FEC 358 1 Os estudantes que exaltam as ciências acima do Deus da ciência são ignorantes, embora se considerem muito sábios. Se não podeis reservar tempo para orar, para manter comunhão com Deus, para exame de consciência, e se não apreciais a sabedoria que provém unicamente de Deus, toda a vossa cultura será deficiente, e vossas escolas e colégios serão achados em falta. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Qual a fé que estamos acalentando? Temos uma fé que atua por amor e purifica a alma? Nossa fé corresponde à luz que temos recebido? Satanás exultaria se pudesse introduzir-se em Battle Creek para deter a obra de Deus, inculcando invenções humanas em admoestações e conselhos. Deleitar-se-ia fazendo com que os obreiros se absorvam em anos de preparo, de modo que a educação se torne um empecilho e não um avanço. FEC 358 2 O Espírito Santo de Deus tem lutado com muitos jovens insistindo com eles para que se entreguem à causa e à obra de Deus. Quando eles oferecem os seus préstimos à Associação, são aconselhados a fazer um curso de estudos em Battle Creek, antes de ingressarem na obra. Isto é muito bom se o estudante é bem equilibrado com princípios; mas não é conveniente que o obreiro se detenha em prolongado preparo. Deve-se dar a máxima atenção ao trabalho de desenvolver os que serão missionários. Todo esforço deve redundar em seu benefício, de modo que sejam enviados o mais depressa possível. Eles não se podem permitir esperar até que sua educação seja considerada completa. Isto jamais pode ser alcançado, pois haverá um contínuo curso de estudos em andamento através dos intermináveis séculos da eternidade. FEC 359 1 Há uma grande obra a ser feita, e a vinha do Senhor necessita de obreiros. Os missionários devem penetrar nos campos antes de serem forçados a cessar com o trabalho. Há agora portas abertas por toda parte; os estudantes não se podem permitir esperar para completar anos de preparo; pois os anos que estão adiante de nós não são muitos, e precisamos trabalhar enquanto o dia durar. Não é conveniente aconselhar homens e mulheres a fazer um curso de estudos em Ann Arbor. Muitos que estiveram ali não foram ajudados no passado, e não o serão no futuro. FEC 359 2 Observai os aspectos da obra de Cristo. Ele agia com a maior simplicidade. Embora Seus discípulos fossem pescadores, Ele não aconselhou que freqüentassem a escola dos rabis antes de iniciarem o trabalho. Chamou os Seus discípulos de perto das redes de pesca, e disse: "Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens." Chamou a Mateus da alfândega, e disse: "Segue-Me." Tudo que tiveram de fazer foi seguir a Jesus, realizar o que Ele lhes ordenara, e ingressar assim em Sua escola, onde Deus pudesse ser seu professor. Enquanto o tempo durar, necessitaremos de escolas. Haverá sempre necessidade de educação; cumpre-nos, porém, cuidar em que ela não absorva todo interesse espiritual. FEC 359 3 Existe positivo risco em aconselhar alunos a prosseguir em um ramo de educação após o outro, e em levá-los a pensar que, por esse meio, hão de obter a perfeição. A educação assim alcançada demonstrar-se-á deficiente em todo sentido. Diz o Senhor: "Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Onde está o sábio? onde o escriba? onde o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não O conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação." Este é o plano delineado por Deus; e através de gerações sucessivas e de séculos de paganismo este plano tem sido levado avante, não como experiência, mas como meio aprovado para a disseminação do evangelho. Por meio deste método desde o princípio adveio convicção ao homem, e o mundo foi esclarecido acerca do evangelho de Deus. O mais alto grau de instrução que qualquer ser humano pode atingir é a instrução dada pelo Mestre Divino. Este é o conhecimento do qual, em sentido especial, teremos grande necessidade ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, e todos farão bem em obter esta espécie de educação. O Senhor requer que os homens estejam sob a Sua disciplina. Há uma grande obra a ser feita no sentido de libertar a mente humana das trevas e transportá-la para a maravilhosa luz de Deus. Como Seus instrumentos humanos, devemos cumprir os Seus planos por meio de viva fé. Estamos numa condição em que nossa fé não redundará para glória de Deus, ou somos instrumentos apropriados para uso do Mestre, preparados para toda boa obra? FEC 360 1 Moisés era instruído em toda a sabedoria dos egípcios. Pela providência de Deus, ele recebeu ampla educação; grande parte da mesma, porém, teve de ser desaprendida e reputada como loucura. Suas impressões tiveram de ser apagadas por quarenta anos de experiência no cuidado das ovelhas e dos tenros cordeirinhos. Se muitos dos que se acham ligados à obra do Senhor fossem isolados como Moisés, sendo, pelas circunstâncias, forçados a seguir qualquer humilde carreira até que o coração se lhes tornasse tenro, far-se-iam pastores muito mais fiéis em lidar com a herança de Deus, do que são agora. Não seriam tão inclinados a engrandecer as próprias aptidões, ou a buscar demonstrar que a sabedoria de uma educação avançada podia tomar o lugar de um são conhecimento de Deus. Quando Cristo veio à Terra, o testemunho era que "o mundo não conheceu a Deus por Sua própria sabedoria", mas "aprouve a Deus salvar aos que crêem, pela loucura da pregação". FEC 361 1 A sabedoria do mundo tinha sido plenamente submetida à prova por ocasião do advento de Cristo, e a alardeada sabedoria humana demonstrou ser deficiente. Os homens não conheciam a verdadeira sabedoria que provém da Fonte de todo o bem. A sabedoria do mundo foi pesada na balança, e achada em falta. Estais dando aos alunos sob a vossa direção idéias que não são corretas. Caso recebessem muito menos dessas idéias, estariam melhor habilitados para a prossecução de sua obra. Não considerais devidamente a instrução e o método de nosso Senhor Jesus Cristo; Ele foi, no entanto, o único Educador perfeito em nosso mundo. "Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente. Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. Pois, quem conheceu a mente do Senhor, que O possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo." FEC 361 2 Precisais estar aprendendo na escola de Cristo no tempo atual. O Senhor tem poder para trabalhar com Seus próprios agentes. Estais sobrecarregando pobres homens finitos com poderosas vantagens para fazer uma grande obra, embora não tenham oportunidade ou vocação para usar grande parte do fardo de estudos que têm procurado dominar. Áureas oportunidades estão passando para a eternidade, e foram dados conselhos que deviam ter sido retidos; poderia ter sido realizado muito mais e melhor trabalho do que tem sido feito, se houvesse sido consideravelmente diminuído o período de tempo que muitos obreiros passaram em Battle Creek. Eles deveriam ter sido postos em atividade comunicando a luz e o conhecimento que receberam aos que se acham em trevas. O Deus de toda virtude acrescentará graça a graça. Os que saem a trabalhar na vinha do Senhor aprenderão como efetuar o trabalho, e se lembrarão das instruções que receberam durante a vida escolar. O Senhor não Se agrada de que esses obreiros sejam estimulados a passar vários anos acumulando conhecimentos que não terão oportunidade de transmitir. Preciosos jovens que deveriam estar labutando para Deus têm vindo a Battle Creek para adquirir educação e obter melhor conhecimento sobre como fazer o trabalho. Eles deveriam ter aprendido o que é essencial num período bem curto. Não deveriam requerer vários anos para sua educação antes que pudessem responder ao chamado: "Vai hoje trabalhar na Minha vinha." Em vez de serem enviados como obreiros depois de haverem passado meses e anos no colégio, eles são aconselhados a seguir outros estudos e a desenvolver-se em outros ramos. São aconselhados a passar meses e anos em instituições onde a verdade é negada e contestada e onde são apresentados insidiosamente erros de natureza mais especiosa e contrária às Escrituras. Essas doutrinas são mescladas com os seus estudos. Eles ficam enlevados em progredir nos ramos educacionais, e perdem o amor a Jesus; e antes que saibam o que se passa com eles, estão longe de Deus e completamente desprevenidos para atender à ordem: "Vai hoje trabalhar na Minha vinha." O desejo de fazer trabalho missionário dissipou-se. Eles seguem seus estudos com uma paixão que fecha a porta para a entrada de Cristo. Quando eles se formam e têm plena autorização para sair como estudantes devidamente educados, alguns perderam todo o interesse pela obra e acham-se menos preparados para empenhar-se no serviço de Deus do que quando vieram para Battle Creek. FEC 362 1 O mensageiro virou-se para a congregação e disse: "Acreditais nas profecias? Vós que conheceis a verdade, compreendeis que agora está sendo dada ao mundo a última mensagem de advertência -- que agora está sendo ouvido o último convite de misericórdia? Acreditais que Satanás desceu com grande poder, trabalhando com todo engano de injustiça em todos os lugares? Acreditais que a grande Babilônia veio à lembrança diante de Deus, e que ela logo receberá da mão de Deus o dobro por todos os seus pecados e injustiças?" Satanás se agrada de que retenhais em Battle Creek homens e mulheres que deveriam ser cooperadores de Deus em Sua grande vinha moral. Se o inimigo puder conservar os obreiros fora do campo sob qualquer pretexto, ele o fará. Esse preparo avançado que impede a entrada de talentos no campo, não dá ao Senhor a oportunidade de trabalhar com Seus obreiros. Muitos são levados a ocupar egoistamente o tempo, os talentos e os meios em obter uma educação avançada, ao passo que o mundo está perecendo por falta do conhecimento que eles poderiam comunicar. Cristo chamou os indoutos pescadores e deu a estes homens tal conhecimento e sabedoria que seus adversários não podiam contradizer ou resistir a suas palavras. Seu testemunho tem ido às partes mais longínquas da Terra. FEC 363 1 Os discípulos de Cristo não são chamados a engrandecer os homens, mas a Deus, fonte de toda a sabedoria. Dêem os educadores margem ao Espírito Santo para operar no coração humano. O maior dos mestres Se acha representado entre nós pelo Espírito Santo. Embora estudeis, embora vos seja dado atingir mais e mais alto, e ocupeis cada hora de vosso tempo de graça na perseguição do conhecimento, não ficareis completos. Ao chegar o tempo a seu termo, teríeis de perguntar a vós mesmos: Que benefício fiz eu aos que se encontram envoltos em plena escuridão? A quem comuniquei o conhecimento de Deus, e mesmo o conhecimento daquilo em cuja busca despendi tanto tempo e recursos? Em breve se dirá no Céu: "Está consumado." "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Quando sair esta ordem, todo caso terá sido decidido. Muito melhor seria que os obreiros tomassem menos trabalho, e o desempenhassem devagar e humildemente, usando o jugo de Cristo e levando-Lhe os fardos, do que dedicando anos de preparo para uma grande obra e deixando então de trazer filhos e filhas a Deus, deixando de ter qualquer troféu para depor aos pés de Jesus. Homens e mulheres estão-se detendo em Battle Creek por mui longo tempo. Deus os chama, mas eles não Lhe ouvem a voz. Os campos são negligenciados, e isso significa que as mentes não são iluminadas. A semente da corrupção está sendo rapidamente lançada no coração de nossos jovens, e grandes verdades práticas precisam ser postas em contato com as crianças e os jovens, pois a verdade é poderosa. FEC 364 1 Os professores cristãos são chamados a labutar para Deus. O fermento da verdade precisa ser introduzido na alma antes que possa operar a transformação do caráter. Seria muito melhor que nossos jovens fossem menos desenvolvidos nos ramos de estudo, do que serem deficientes em humildade e mansidão, e destituídos de coração contrito. A obra de alguns de nossos educadores tem consistido em incapacitar os estudantes para ser cooperadores de Deus. Deveis estudar para familiarizar-vos com a maneira pela qual Jesus trabalhava e pregava. Ele era abnegado e altruísta. Não Se esquivava à labuta, e suportava o opróbrio, o escárnio, o insulto, a zombaria e os maus-tratos; estão, porém, nossos alunos sendo educados de tal maneira que sejam preparados para andar em Suas pegadas? Deus não está em vossa procrastinação. Vossa tentação de prosseguir ano após ano em ramos de estudo está-se apoderando de outras mentes, e elas estão perdendo gradualmente o espírito com que o Senhor as inspirou a ir trabalhar em Sua vinha. Por que os homens responsáveis não conseguem discernir quais serão os infalíveis resultados de deter os estudantes dessa maneira e de ensinar-lhes a adiar a obra do Senhor? O tempo está passando para a eternidade, e, no entanto, os que foram enviados a Battle Creek a fim de se habilitarem para o trabalho na vinha do Senhor não são incentivados a fazer o que podem para promover a causa de Deus. São concedidos muitos privilégios aos que já conhecem a verdade, e que, porém, não a estão praticando. Dinheiro e forças que deviam ser despendidos nos caminhos e atalhos do mundo, são gastos com aqueles que não aproveitam a luz que já possuem, comunicando-a aos que se acham em trevas. Quando Filipe recebeu a luz, ele foi chamar a Natanael; muitos jovens, porém, que poderiam realizar uma obra especial para o Mestre, não darão um passo enquanto não tiverem múltiplas oportunidades. FEC 365 1 Os ministros de Jesus Cristo devem designar alguma parte da vinha de Deus para homens que estão ociosos na praça. Se eles errarem, corrigi os seus erros e ponde-os novamente em atividade. Muitos mais têm sido impedidos de sair a trabalhar do que os que são incentivados a desenvolver seus talentos; no entanto, é usando suas aptidões que eles aprendem como empregar seus talentos. Têm ido a Battle Creek para obter uma educação muitos que poderiam ter sido mais bem instruídos em seu próprio país. Perde-se tempo, o dinheiro é gasto desnecessariamente, a obra fica por fazer e almas são perdidas devido aos erros de previsão dos que pensam estar servindo a Deus. O Senhor vive, e Seu Santo Espírito preside em toda a parte. Não deve prevalecer a impressão de que Battle Creek é a Jerusalém do mundo e que todos devem subir para lá a fim de prestar culto. Os que querem aprender e fazem todo esforço possível para obter conhecimento, andando conscienciosamente na luz da verdade, não precisam dirigir-se a Battle Creek. Deus é nosso professor; e os que desejam desenvolver seus talentos no lugar onde estão, serão favorecidos por professores enviados por Deus para instruí-los -- professores que se têm preparado a fim de realizar uma obra para o Mestre. Gastar mais tempo, despender mais dinheiro é pior do que perdê-lo; pois os que procuram obter uma educação em detrimento da piedade prática estão do lado que perde. Aquilo que eles obtêm nos ramos educacionais durante o tempo em que deveriam ter iniciado o trabalho, é puro desperdício e perda. Os seres celestiais estão à espera de agentes humanos com os quais possam cooperar como missionários nas partes obscuras da Terra. Deus está à espera de homens que se empenhem em atividades missionárias em nossas grandes cidades, mas homens e mulheres são retidos em Battle Creek quando deveriam espalhar-se pelas cidades e vilas, pelos caminhos e atalhos. Deveriam estar chamando e convidando as pessoas para a ceia nupcial, pois agora tudo está pronto. Haverá missionários que farão um bom trabalho na vinha do Mestre, embora não tenham ido a Battle Creek. FEC 366 1 Os que vão a Battle Creek deparam com tentações que não imaginavam pudessem existir nesse lugar. Enfrentam motivos de desânimo que não precisavam enfrentar, e não são ajudados em sua experiência religiosa por se dirigirem a esse lugar. Perdem muito tempo porque não sabem o que devem fazer, e ninguém está preparado para dizer isso a eles. Perdem muito tempo em ocupações que nada têm que ver com a obra para a qual desejam habilitar-se. O trabalho comum e o que é sagrado são misturados um com o outro e postos no mesmo nível. Isso, porém, não é sensato. Deus observa o que se passa, mas não o aprova. Poderiam ter sido efetuadas muitas coisas que teriam uma influência duradoura, se eles houvessem labutado com moderação e humildade no lugar em que estavam. O tempo está passando; almas estão se decidindo para o bem ou para o mal, e a peleja cada vez se torna mais renhida. Quantos dos que conhecem a verdade para o tempo atual estão agindo em harmonia com os seus princípios? É verdade que se está fazendo alguma coisa; porém mais, incomparavelmente mais se deveria fazer. O trabalho acumula-se, ao passo que diminui o tempo para efetuá-lo. Todos devem ser agora lâmpadas ardentes e resplandecentes, e, no entanto, muitos estão deixando de manter suas lâmpadas providas do óleo da graça, espevitadas e ardendo, de maneira que a luz resplandeça hoje. FEC 366 2 Muitos são os que estão contando com um longo amanhã; isto é, porém, um erro. Seja cada um educado de maneira a mostrar a importância da obra especial para hoje. Trabalhe cada um para Deus e pelas almas; mostre cada um sabedoria e não seja nunca encontrado em ociosidade, esperando que alguém o ponha a trabalhar. O "alguém" que vos poderia fazer isto, está demasiado assoberbado de responsabilidades, e perde-se o tempo esperando sua orientação. Deus vos dará sabedoria para uma reforma imediata; pois o chamado ainda continua: "Filho, vai trabalhar hoje na Minha vinha." Alguns podem ainda ficar indecisos, no entanto ouve-se ainda o chamado: "Vai trabalhar na Minha vinha." "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações." O Senhor inicia o pedido com a palavra "filho". Quão terno, quão compassivo, e todavia, por outro lado, quão urgente! Seu convite para trabalhar em Sua vinha é também uma ordem. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." -- Special Testimonies on Education, 21 de Março de 1895. ------------------------Capítulo 45 -- A educação essencial FEC 368 1 Tenho escrito extensamente com referência aos estudantes que dedicam um tempo exageradamente longo à aquisição de uma educação; espero, porém, não ser mal compreendida quanto ao que é educação essencial. Não quero dar a entender que se deve fazer um trabalho superficial, como se ilustra pela forma em que se costumava cultivar a terra em certas partes da Austrália. Só se introduzia o arado algumas polegadas na terra, o solo não era preparado para a sementeira, e a colheita era escassa, correspondendo, portanto, à preparação superficial da terra. FEC 368 2 Deus tem dado mentes inquiridoras aos jovens e às crianças. Suas faculdades de raciocínio lhes são confiadas como preciosos talentos. É dever dos pais manter diante deles o assunto da educação em seu verdadeiro significado, pois abrange muitos aspectos. Devem ser ensinados a desenvolver todo talento e órgão, com vistas a serem usados no serviço de Cristo para soerguimento da humanidade caída. Nossas escolas são o instrumento especial do Senhor para preparar as crianças e os jovens para a obra missionária. Os pais devem compreender sua responsabilidade e fazer com que seus filhos apreciem os grandes privilégios e bênçãos que Deus proveu para eles por meio das vantagens educacionais. FEC 368 3 Sua educação doméstica deve, porém, acompanhar o passo de sua educação de caráter literário. Na infância e na juventude devem ser combinados o ensino prático e o literário, e armazenados na mente os conhecimentos. Os pais devem sentir que têm uma obra solene a fazer, e apoderar-se dela com fervor. Compete-lhes disciplinar e moldar o caráter de seus filhos. Não devem contentar-se com uma obra superficial. Diante de toda criança se estende uma vida repleta de elevadíssimos interesses, pois hão de ser feitos completos em Cristo mediante as instrumentalidades providas por Deus. O terreno do coração deve ser ocupado com antecipação; as sementes da verdade devem ser semeadas ali nos primeiros anos. Se os pais são negligentes neste assunto, terão de prestar contas por sua infiel mordomia. Deve-se lidar com as crianças com ternura e amor, e ensinar-lhes que Cristo é seu Salvador pessoal e que pelo simples processo de entregar-Lhe a mente e o coração tornam-se Seus discípulos. FEC 369 1 Deve-se ensinar as crianças a ter parte nos deveres domésticos. Devem ser ensinadas a ajudar ao pai e à mãe nas pequenas coisas que podem fazer. Sua mente deve ser educada a pensar, sua memória exercitada para lembrar o trabalho designado; e ao se educarem nos hábitos de utilidade no lar, estão sendo ensinadas a realizar os deveres práticos, próprios de sua idade. Se as crianças recebem o devido preparo no lar, não serão encontradas nas ruas, recebendo ali, como tantos, a educação que o acaso lhes oferece. Os pais que amam os filhos de maneira sensata não os deixarão crescer com hábitos de indolência e sem que saibam como realizar os trabalhos domésticos. A ignorância não é aceitável a Deus e é desfavorável para a realização de Sua obra. Ser ignorante não deve ser considerado como sinal de humildade ou algo pelo que os homens deveriam ser elogiados. Deus opera, porém, em favor das pessoas a despeito de sua ignorância. Os que não tiveram oportunidade de obter conhecimento, ou que tiveram tal oportunidade mas não a aproveitaram, e se convertem ao Senhor, podem ser úteis em Seu serviço mediante a operação de Seu Espírito Santo. Mas os que têm instrução e se consagram ao serviço de Deus, podem prestar serviço em maior número de maneiras diversas e efetuar uma obra mais ampla no sentido de guiar almas ao conhecimento da verdade, do que os que carecem de instrução. Encontram-se em posição vantajosa devido à disciplina mental que obtiveram. Não depreciamos a educação de modo algum; pelo contrário, aconselhamos que seja levada avante com uma cabal compreensão da brevidade do tempo e da grande obra que deve ser realizada antes da vinda de Cristo. Não queremos que os estudantes tenham a idéia de que podem passar muitos anos adquirindo educação. Empreguem eles em levar avante a obra de Deus a educação que podem obter em razoável extensão de tempo. Nosso Salvador está no santuário intercedendo em nosso favor. Ele é nosso Sumo Sacerdote intercessor, fazendo por nós o sacrifício da expiação, apresentando em nosso favor os méritos de Seu sangue. Os pais devem procurar apresentar este Salvador a seus filhos, a fim de inculcar-lhes na mente o plano da salvação -- como, devido à transgressão da lei de Deus, Cristo tomou Sobre Si os nossos pecados. O fato de que o Filho unigênito de Deus deu Sua vida por causa da transgressão do homem, para satisfazer a justiça e vindicar a honra da lei de Deus, deve ser mantido constantemente diante do intelecto das crianças e dos jovens. O objetivo desse grande sacrifício também deve ser mantido diante deles, pois foi feito para erguer o homem caído e degradado pelo pecado. Cristo sofreu para que mediante a fé nEle fossem perdoados os nossos pecados. Tornou-Se o substituto e o penhor do homem, tomando sobre Si o castigo que de modo algum merecia, para que nós, que o merecíamos, pudéssemos ser libertados e retornar à lealdade para com Deus em virtude dos méritos de um Salvador crucificado e ressuscitado. Ele é nossa única esperança de salvação. Por meio de Seu sacrifício, os que agora estamos sendo provados, somos prisioneiros de esperança. Temos de revelar ao Universo -- ao mundo caído e aos mundos não caídos -- que há perdão em Deus e que mediante Seu amor podemos ser reconciliados com Ele. O homem que se arrepende, que se torna contrito de coração, que crê em Cristo como sacrifício expiatório, compreende que Deus Se reconciliou com ele. FEC 370 1 Durante todos os dias de nossa vida devemos nutrir profunda gratidão pelo fato de haver o Senhor deixado escritas estas palavras: "Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos." A reconciliação de Deus com o homem e do homem com Deus é segura se forem cumpridas certas condições. Diz o Senhor: "Sacrifícios agradáveis a Deus são o coração quebrantado; coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus." Em outro lugar Ele diz: "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito." "O Senhor é excelso, contudo atenta para os humildes; os soberbos Ele os conhece de longe." "Assim diz o Senhor: O Céu é o Meu trono, e a Terra o estrado dos Meus pés; que casa Me edificareis vós? e qual é o lugar do Meu repouso? Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que Ele seja glorificado." O salmista escreve: "Sara os de coração quebrantado, e lhes pensa as feridas." Embora seja o Restaurador da humanidade caída, Ele "conta o número das estrelas, chamando-as todas pelos seus nomes. Grande é o Senhor nosso, e mui poderoso; o Seu entendimento não se pode medir. O Senhor ampara os humildes, e dá com os ímpios em terra. Cantai ao Senhor com ações de graça; entoai louvores, ao som da harpa, ao nosso Deus. ... Agrada-Se o Senhor dos que O temem, e dos que esperam na Sua misericórdia. Louva, Jerusalém, ao Senhor; louva, Sião, ao teu Deus." FEC 371 1 Quão preciosas são as lições deste salmo! Bem faríamos em estudar os quatro últimos salmos de Davi. Também são mui preciosas as palavras do profeta: "Porventura deixar-se-á a neve do Líbano por uma rocha do campo? ou deixar-se-ão as águas estranhas, frias e correntes? Contudo o Meu povo se tem esquecido de Mim, queimando incenso à vaidade; e fizeram-nos tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por veredas afastadas, não aplainadas." "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem; faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar fruto." -- Special Testimonies on Education, 22 de Abril de 1895. ------------------------Capítulo 46 -- Educação diligente e completa FEC 373 1 Não deve ser feito nenhum movimento para baixar a norma de educação em nossa escola de Battle Creek. Os estudantes devem exercitar as faculdades mentais; toda faculdade deve atingir o máximo desenvolvimento possível. Muitos estudantes vêm para o colégio com hábitos intelectuais parcialmente formados que são um empecilho para eles. O mais difícil de controlar é o hábito de realizarem seu trabalho como questão rotineira, ao invés de trazerem para seus estudos ponderado e resoluto esforço para dominar as dificuldades e para compreender os princípios que servem de fundamento para todos os assuntos em consideração. Mediante a graça de Cristo está ao seu alcance modificar esse hábito da rotina, e é de seu máximo interesse e utilidade futura dirigir corretamente as faculdades mentais, habilitando-as a prestar serviço para o Mestre mais sábio, cujo poder podem reivindicar pela fé. Isto dará êxito a seus esforços intelectuais em conformidade com as leis de Deus. Todo estudante deve sentir que, sob a direção de Deus, precisa de preparo especial, de cultura individual; e deve compreender que o Senhor exige que faça de si mesmo tudo o que puder, para que possa também ensinar a outros. A indolência, a apatia e a irregularidade devem ser temidas, e o mesmo acontece com o ato de prender-se a uma rotina. FEC 373 2 Espero que ninguém tenha a impressão diante de quaisquer palavras que escrevi, de que a norma da escola deva ser baixada de qualquer maneira. Deve haver em nossa escola uma educação mais diligente e completa, e para conseguir isto é necessário dar o primeiro e mais importante lugar à sabedoria que provém de Deus. A religião de Cristo jamais aprova a indolência física ou mental. FEC 373 3 Temos diante de nós o caso de Daniel e seus companheiros, os quais tiraram o máximo proveito de suas oportunidades para obter uma educação nas cortes de Babilônia. Quando foram postos à prova pelos que duvidavam de sua fé e de seu conhecimento, eles puderam apresentar a razão da esperança que neles havia, e, também, resistir ao exame de seu conhecimento em toda cultura e sabedoria; e descobriu-se que Daniel tinha inteligência de todas as visões e sonhos, demonstrando ter viva ligação com o Deus de toda a sabedoria. "Em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino." A história de Daniel nos é dada para advertência nossa, sobre quem os fins dos séculos têm chegado. "O segredo do Senhor é para os que O temem." Daniel estava em íntima comunhão com Deus. Quando saiu o decreto da parte de um rei irado e enfurecido, ordenando que todos os sábios de Babilônia fossem destruídos, procuraram a Daniel e seus companheiros a fim de matá-los. Então Daniel respondeu, não com espírito de represália, mas "avisada e prudentemente", ao chefe da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de Babilônia. Daniel perguntou: "Por que se apressa tanto o mandado da parte do rei?" Ele apresentou-se diante do rei, pedindo que lhe fosse concedido tempo, e sua fé no Deus a quem ele servia o impeliu a dizer que revelaria ao rei a interpretação. "Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia ao Deus do Céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, com o resto dos sábios de Babilônia. Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão da noite; Daniel bendisse o Deus do Céu." Leia Daniel 2:20-28. Aqui a interpretação foi dada a conhecer a Daniel. FEC 374 1 A acurada dedicação desses estudantes hebreus sob a direção divina foi ricamente recompensada. Como fizessem diligente esforço para conseguir o conhecimento, o Senhor lhes deu sabedoria celestial. O conhecimento por eles alcançado foi-lhes de grande vantagem quando colocados em posição extrema. O Senhor Deus do Céu não supre deficiências resultantes de indolência mental e espiritual. Quando os instrumentos humanos exercitam suas faculdades para obter conhecimento, a fim de se tornarem profundos pensadores; quando, com as maiores testemunhas de Deus e da verdade, tiverem feito conquistas no campo da investigação de doutrinas vitais concernentes à salvação da alma, de maneira que o Deus do Céu seja glorificado como supremo, então até juízes e monarcas serão levados a reconhecer, nas cortes de justiça, nos parlamentos e conselhos, que o Deus que fez o céu e a Terra é o único Deus, vivo e verdadeiro, o Autor do cristianismo e de toda a verdade, Aquele que instituiu o sábado do sétimo dia, quando foram postos os fundamentos da Terra, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam e todos os filhos de Deus rejubilavam. Toda a Natureza dará testemunho, segundo foi designado, para ilustração da Palavra de Deus. FEC 375 1 O natural e o espiritual devem ser associados nos estudos de nossas escolas. As atividades da agricultura ilustram as lições bíblicas. As leis obedecidas pela Terra revelam o fato de que ela está sob o excelso poder de um Deus infinito. Os mesmos princípios regem o mundo espiritual e o mundo natural. Separai a Deus e Sua sabedoria da aquisição de conhecimento, e tereis uma educação defeituosa e unilateral, morta para todas as qualidades salvadoras que dão poder ao homem, de modo que seja incapaz de obter imortalidade por meio da fé em Cristo. O Autor da Natureza é o Autor da Bíblia. A criação e o cristianismo têm um só Deus. Todos os que se empenham na aquisição de conhecimento devem almejar atingir o mais alto degrau do progresso. Avancem eles tão depressa e tão longe quanto puderem; seja o seu campo de estudo tão amplo quanto possam abranger as suas faculdades, tornando a Deus sua sabedoria, apegando-se Àquele que é infinito em conhecimento, que pode revelar os segredos ocultos durante séculos, que pode solver os problemas mais difíceis para as mentes que crêem nAquele que é o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível. A testemunha viva para Cristo, prosseguindo em conhecer ao Senhor, saberá que como a alva será a sua saída. "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará." Por meio de honestidade e laboriosidade, mediante o devido cuidado do corpo, aplicando todas as faculdades mentais na aquisição de conhecimento e sabedoria nas coisas espirituais, toda alma pode ser completa em Cristo, o qual é o modelo perfeito do homem completo. FEC 376 1 O que escolhe uma conduta de desobediência à lei de Deus está decidindo seu futuro destino; está semeando para a carne, ganhando o salário do pecado -- a destruição eterna, o contrário da vida eterna. Submissão a Deus e obediência a Sua santa lei produzem o seguro resultado. "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Este conhecimento é de tão grande valor que a linguagem não consegue descrevê-lo; é de suprema utilidade neste mundo e de tão grande alcance como a eternidade. "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força, nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." FEC 376 2 Quando aspiramos a uma baixa norma, só alcançaremos uma norma baixa. Recomendamos a todo estudante o Livro dos livros como o mais grandioso estudo para a inteligência humana, como a educação essencial para esta vida e para a vida eterna. Mas não foi meu propósito baixar o padrão educacional no estudo das ciências. A luz que tem sido dada sobre estes assuntos é clara e não deve ser desprezada de forma alguma. Se, porém, a Palavra de Deus, que proporciona luz e entendimento aos símplices, tivesse sido bem acolhida na mente e no templo da alma, como conselheiro, como guia e instrutor, o instrumento humano que vive de toda palavra que procede da boca de Deus, não teria havido necessidade de repreensão por causa das apostasias dos estudantes depois que a bênção de Deus lhes adveio em esplêndidos raios de luz divina para fulgir no santo fogo do Céu sobre o altar dos corações. Muitos permitiram que as diversões tivessem a supremacia. Não foi esta a conduta seguida por Daniel ao obter a educação que revelou por seu intermédio a supremacia da sabedoria celestial sobre toda sabedoria e conhecimento das mais elevadas escolas nas cortes da altiva Babilônia. Deus abre o entendimento dos homens de maneira marcante se as Suas palavras são introduzidas na vida prática do estudante, e a Bíblia é reconhecida como o precioso e admirável Livro que ela é. Nada deve inserir-se entre este Livro e o estudante, como sendo mais essencial; pois é essa sabedoria que, introduzida na vida prática, torna os homens sábios através do tempo e da eternidade. Deus é revelado na Natureza; Deus é revelado em Sua Palavra. A Bíblia é a mais admirável de todas as histórias, pois é produção de Deus, e não da mente finita. Faz-nos remontar através dos séculos ao início de todas as coisas, apresentando a história de tempos e cenas que de outro modo jamais teriam sido conhecidos. Revela a glória de Deus na operação de Sua providência para salvar o mundo caído. Apresenta na linguagem mais simples o imenso poder do evangelho, o qual, sendo recebido, despedaçaria as algemas que prendem os homens ao carro de Satanás. FEC 377 1 A luz resplandece das páginas sagradas em raios claros e gloriosos, mostrando-nos a Deus, o Deus vivo, segundo é representado nas leis de Seu governo, na criação do mundo, nos céus adornados por Ele. Seu poder deve ser reconhecido como o único meio de remir o mundo de superstições degradantes que são tão desonrosas para Deus e o homem. Todo estudante da Bíblia que não somente se familiariza com a verdade revelada mediante a educação do intelecto, mas também por meio de seu poder transformador sobre o coração e o caráter, representará o caráter de Deus a nosso mundo numa vida bem regulada e pela conversação piedosa. A exposição da Palavra esclarece. A mente se expande, e é elevada e purificada. Muitos, porém, têm seguido um modo de ação incompatível com o conhecimento da verdade e a maravilhosa luz pela descida do Espírito Santo de maneira tão acentuada sobre os corações em Battle Creek. Grande pecado e perda resultaram da negligência de andar na luz do Céu. Entregando-se a diversões, jogos competitivos e façanhas pugilísticas, eles declararam ao mundo que Cristo não era seu guia em nenhuma destas coisas. Tudo isso provocou a advertência de Deus. O que me oprime agora é o perigo de cair no outro extremo; não é necessário que isso aconteça; caso se faça da Bíblia o guia, o conselheiro, ela tende a exercer uma influência sobre a mente e o coração dos não-convertidos. Seu estudo, mais do que qualquer outro, causará uma impressão divina. Ampliará o intelecto do estudante ingênuo, dotando-o de novos recursos e novo vigor. Dará maior eficiência às faculdades, pondo-as em contato com grandiosas verdades de longo alcance. Sempre está trabalhando e atraindo; é um eficaz instrumento na conversão da alma. Se a mente humana se torna apoucada, débil e ineficiente, é porque é deixada a lidar somente com assuntos banais. FEC 378 1 Deus pode e quer realizar uma grande obra em favor de todo ser humano que abrir o coração à Palavra de Deus, deixando que penetre no templo da alma e expulse dali todo ídolo. Convocados a fazer este esforço, a mente e o coração absorvem as maravilhosas manifestações da revelada vontade de Deus. A alma que se converte será fortalecida para resistir ao mal. No estudo da Bíblia a alma convertida come a carne e bebe o sangue do Filho de Deus, que Ele mesmo interpreta como sendo o ato de receber e cumprir Suas palavras, que são espírito e vida. A Palavra se faz carne e habita entre nós, nos que aceitam os santos preceitos da Palavra de Deus. O Salvador do mundo deixou um santo e puro exemplo para todos os homens. Ele ilumina, eleva, e traz imortalidade a todos os que obedecem às reivindicações divinas. Esta é a razão por que escrevi para vós do modo como o fiz. Deus não permita que por falta de discernimento sejam cometidos erros pela má interpretação de minhas palavras dirigidas a vós. Não tenho tido outro sentimento senão o de prazer em saber que os alunos poderiam sair do estudo das palavras da vida com a mente expandida, elevada, enobrecida, e com suas faculdades entorpecidas despertadas para se empenharem no estudo das ciências com mais vivo interesse; eles podem tornar-se instruídos como Daniel, com o propósito de desenvolver e empregar toda faculdade para glorificar a Deus. Compete, porém, a todo estudante aprender de Deus, que dá sabedoria, como instruir-se com o maior proveito, pois todos são candidatos à imortalidade. FEC 379 1 O Senhor Deus desceu a nosso mundo revestido da humanidade, para que pudesse levar a cabo em Sua própria vida o misterioso conflito entre Cristo e Satanás. Ele desbaratou os poderes das trevas. Toda essa história está dizendo ao homem: Eu, o seu Substituto e Penhor, assumi a sua natureza, mostrando-lhe que todo filho e filha de Adão tem o privilégio de tornar-se participante da natureza divina e, por meio de Jesus Cristo, de apoderar-se da imortalidade. Os que são candidatos a essa grande bênção devem proceder em tudo de maneira a apresentar as vantagens de sua associação com o Senhor por meio de Sua verdade revelada e pela santificação do Espírito Santo. Isto expandirá a mente do instrumento humano, prendê-la-á às coisas sagradas e prepará-la-á para receber e compreender a verdade, o que conduzirá à operação da verdade mediante a santificação do coração, alma e caráter. FEC 379 2 Os que desfrutam esta experiência não condescenderão em empenhar-se nas diversões que têm sido tão empolgantes e ilusórias em sua influência, revelando que a alma não está comendo e bebendo as palavras da vida eterna. O abandono da simplicidade da verdadeira piedade por parte dos estudantes estava tendo uma influência para debilitar o caráter e diminuir o vigor mental. Seu progresso nas ciências era retardado, ao passo que se fossem como Daniel, sendo ouvintes e praticantes da Palavra de Deus, progrediriam, como ele o fez, em todos os ramos do saber em que se empenhassem. Sendo puros de espírito, tornar-se-iam fortes de espírito. Seria aguçada toda faculdade intelectual. Aceite-se a Bíblia como único alimento para a alma, pois é o melhor e mais eficaz para purificar e fortalecer o intelecto. -- Special Testimonies on Education, 22 de Abril de 1895. ------------------------Capítulo 47 -- Livros e autores em nossas escolas FEC 381 1 Tenho alguns assuntos que desejo apresentar-vos no tocante à educação. Os professores de nossas escolas têm grande respeito por autores e livros que são de uso corrente na maioria de nossas instituições educacionais. Todo o Céu tem estado contemplando nossas instituições de ensino e pergunta para vós: Que tem que ver a palha com o trigo? O Senhor nos deu em Sua Palavra as mais preciosas instruções, ensinando-nos que caráter devemos formar nesta vida a fim de preparar-nos para a futura vida imortal. Tem sido o costume exaltar livros e autores que não apresentam o devido fundamento para a educação verdadeira. De que fonte esses autores obtiveram sua sabedoria, uma grande parte da qual não merece nosso respeito, mesmo que os referidos autores sejam tidos por sábios? Obtiveram suas lições do maior Mestre que o mundo já conheceu? Se não é assim, estão incontestavelmente em erro. Aos que se estão preparando para as mansões celestiais deve ser recomendado que façam da Bíblia seu principal livro de estudo. FEC 381 2 Esses autores populares não têm indicado para os estudantes o caminho que conduz à vida eterna. "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Os autores desses livros de uso corrente em nossas escolas são recomendados e exaltados como homens de saber; sua educação, no entanto, é deficiente em todo o sentido, a menos que tenham sido educados na escola de Cristo, e, mediante conhecimento prático, dêem testemunho da Palavra de Deus como sendo o estudo mais essencial para crianças e jovens. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Deveriam ter sido preparados livros para serem postos nas mãos dos estudantes que lhes ensinassem a ter sincero e reverente amor pela verdade, e firme integridade. As espécies de estudos que são positivamente essenciais na formação do caráter que lhes dê uma preparação para a vida futura, sempre devem ser conservadas diante deles. Cristo deve ser exaltado como o primeiro grande Mestre, o Filho unigênito de Deus, que estava com o Pai desde os séculos eternos. O Filho de Deus foi o grande Mestre enviado à Terra para ser a luz do mundo. "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós." O Pai estava representado em Cristo, e o cuidado dispensado à educação deve ser de tal natureza que eles contemplem a Cristo e creiam nEle como a semelhança de Deus. Ele tinha a mais admirável missão neste mundo, e Sua obra não consistiu em dar um relato completo de Seus direitos à divindade, mas a Sua humilhação foi o encobrimento desses direitos. Por este motivo a nação judaica não reconheceu a Cristo como o Príncipe da Vida; porque Ele não veio com ostentação e aparência, pois ocultou Seu glorioso caráter sob a vestimenta da humanidade. FEC 382 1 A família humana teria que considerá-Lo à luz das Santas Escrituras, que testificariam da maneira de Sua vinda. Se houvesse vindo ostentando a glória que tinha com Seu Pai, então Seu caminho para a cruz teria sido estorvado pelo propósito dos homens, que haveriam de tomá-Lo pela força para torná-Lo Rei. Teria de terminar Sua vida fazendo uma solene oblação de Si mesmo. O tipo teria de encontrar o antítipo em Jesus Cristo. Toda a Sua vida foi um prefácio de Sua morte na cruz. Seu caráter foi o de uma vida de obediência a todos os mandamentos de Deus, e teria de ser um exemplo para todos os homens da Terra. Sua vida consistiu em viver a lei na humanidade. Adão havia violado essa lei. Mas Cristo, mediante Sua perfeita obediência à lei, redimiu o ignominioso fracasso e queda de Adão. FEC 382 2 As profecias devem ser estudadas, e a vida de Cristo comparada com os escritos dos profetas. Ele Se identifica com as profecias, declarando reiteradamente: elas escreveram a Meu respeito; elas testificam de Mim. A Bíblia é o único livro que dá uma descrição verdadeira de Cristo Jesus; e se todo ser humano a estudasse como seu Livro de texto, e lhe obedecesse, nenhuma alma se perderia. FEC 383 1 Todos os raios de luz que brilham nas Escrituras apontam para Jesus Cristo e testificam dEle, ligando entre si as Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos. Cristo é apresentado como Autor e Consumador da fé, sendo Ele mesmo Aquele em quem estão concentradas as esperanças de vida eterna de todo ser humano. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." FEC 383 2 Que livro pode comparar-se com a Bíblia? Compreendê-la é essencial para cada criança e jovem e para os de idade madura; pois é a Palavra de Deus, a palavra que há de guiar ao Céu toda a família humana. Por que, então, a Palavra vinda de Deus não contém os principais elementos que constituem a educação? Livros de autores não inspirados são postos nas mãos de crianças e jovens em nossas escolas como livros de texto -- como livros pelos quais hão de ser educados. São mantidos diante dos jovens, e seu precioso tempo é ocupado no estudo de coisas que nunca poderão usar. Têm sido introduzidos nas escolas muitos livros que jamais deveriam ser colocados ali. Não proclamam em nenhum sentido as palavras de João: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" O curso completo de estudos em nossas escolas deve preparar um povo para a futura vida imortal. FEC 383 3 Jesus Cristo é a sabedoria do Pai e nosso grande Mestre enviado por Deus. Cristo declarou no sexto capítulo de João que Ele é o pão que desceu do Céu. "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do Céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo." Os discípulos não compreenderam Suas palavras. Disse Cristo: "O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito, são espírito e são vida." FEC 384 1 É de suma importância, à luz das lições de Cristo, que todo ser humano estude as Escrituras para que se convença de quem é a pessoa na qual se centralizam suas esperanças de vida eterna. A Bíblia sempre deve tornar-se o excelente e grandioso livro de estudo que chegou até nós da parte do Céu, e é a Palavra da vida. Deve esse Livro, que nos diz o que devemos fazer para ser salvos, ser colocado num canto, e serem exaltadas as produções humanas como a grande sabedoria em matéria de educação? O conhecimento que as crianças e os jovens precisam adquirir para ser úteis nesta vida e que podem levar consigo para a vida futura se encontra na Palavra de Deus. Isto, no entanto, não é incentivado e apresentado diante deles como o conhecimento mais essencial e como aquilo que proporcionará a informação mais correta acerca do verdadeiro Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou. Há muitos deuses e muitas doutrinas; preceitos e mandamentos que são colocados diante de nossos jovens como os mandamentos de Deus. É-lhes impossível saber o que é a verdade, o que é santo e o que é profano, a não ser na medida em que compreendam as Escrituras, tanto o Antigo como o Novo Testamento. FEC 384 2 A Palavra de Deus deve permanecer como o mais alto livro educativo do mundo, e deve ser tratada com reverente temor. É nosso guia; dela receberemos a verdade. Devemos apresentar a Bíblia como o grande Livro de texto a ser colocado nas mãos de nossas crianças e jovens, para que conheçam a Cristo, pois conhecê-Lo devidamente é vida eterna. É o Livro que deve ser estudado pelos de idade mediana e pelos anciãos. A Palavra de Deus contém promessas, admoestações, estímulos e afirmações acerca do amor de Deus para com todo aquele que O aceita como seu Salvador. Ponde, portanto, a Santa Palavra em suas mãos. Animai-os a examiná-la, e ao fazê-lo encontrarão tesouros ocultos de inestimável valor para eles na vida presente, e ao receber a Cristo como o pão da vida terão a promessa da vida eterna. FEC 385 1 O Livro de leitura, a Bíblia, contém instrução acerca do caráter que devem ter, da excelência moral que deve ser cultivada e que Deus e o Céu requerem. "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus." "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-Lo como Ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro. Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei. Sabeis também que Ele Se manifestou para tirar os pecados, e nEle não existe pecado." FEC 385 2 Este importantíssimo conhecimento deve ser mantido diante das crianças e dos jovens, não de maneira arbitrária e despótica, mas como revelação divina, a qual é do mais alto valor para assegurar sua paz presente, tranqüilidade e repouso mental neste mundo de tumultos e lutas, e como preparação para a futura vida eterna no reino de Deus, onde eles O verão e conhecerão, e também a Jesus Cristo que deu Sua preciosa vida para redimi-los. FEC 385 3 Cristo veio na forma humana para viver a lei de Deus. Ele era a Palavra da vida. Veio para ser o evangelho de salvação para o mundo e para cumprir todo requisito da lei. Jesus é a palavra, o guia que deve ser recebido e obedecido em todos os pormenores. Quão necessário é que esta mina da verdade seja explorada, e descobertos e assegurados os preciosos tesouros da verdade, como ricas jóias! A encarnação de Cristo, Sua divindade, Seu sacrifício expiatório, Sua maravilhosa vida no Céu como nosso Advogado, a operação do Espírito Santo -- todos estes vivos e vitais assuntos do cristianismo são revelados desde o Gênesis até o Apocalipse. Os áureos elos da verdade formam uma corrente de verdade evangélica, e o primeiro e mais importante se encontra nos grandes ensinos de Cristo Jesus. Por que, então, não se há de engrandecer e exaltar as Escrituras em cada escola de nossa pátria? Quão poucas crianças são ensinadas a estudar a Bíblia como a Palavra de Deus e a alimentar-se de suas verdades, que são a carne e o sangue do Filho de Deus! "Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue [isto é, continua a receber as palavras de Cristo e as pratica] tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue, permanece em Mim e Eu nele." "E aquele que guarda os Seus mandamentos nEle está, e Ele nele. E nisto conhecemos que Ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado." FEC 386 1 É necessário que toda família faça da Bíblia seu Livro de estudo. Os dizeres de Cristo são ouro puro, isento de toda partícula de escória, a não ser que os homens, com seu entendimento humano, procurem colocá-la ali e fazer com que a mentira pareça ser uma parte da verdade. Aos que receberam a falsa interpretação da Palavra, quando examinam as Escrituras com o decidido esforço de obter a própria essência da verdade nelas contida, o Espírito Santo abre os olhos de seu entendimento, e as verdades da Palavra lhes são como uma nova revelação. Seu coração é vivificado para uma nova e viva fé, e vêem maravilhas na lei de Deus. Os ensinos de Cristo têm para muitos uma amplitude e profundidade que nunca dantes haviam compreendido. FEC 386 2 As doutrinas de graça e verdade não são realmente compreendidas pela maior parte de nossos alunos e membros de igreja. A cegueira mental apoderou-se de Israel. Interpretar mal e dar um sentido forçado, meio verídico e místico aos oráculos de Deus, é para os instrumentos humanos um ato que põe em perigo sua própria alma e a dos outros. "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa, e das coisas que se acham escritas neste livro." Apocalipse 22:18, 19. Aqueles que por sua interpretação humana fazem com que a Escritura enuncie o que Cristo jamais colocou nela, debilitando sua força, fazendo que a voz de Deus, ouvida em instruções e advertências, testifique mentiras, a fim de evitar o inconveniente suscitado pela obediência às reivindicações de Deus, têm-se convertido em letreiros que apontam na direção errada, para falsas veredas que conduzem à transgressão e à morte. FEC 387 1 O testemunho do Alfa e Ômega a respeito do castigo por fazer com que não seja essencial uma palavra proferida pela boca de Deus, é a espantosa denúncia de que receberão dos flagelos escritos no livro; seus nomes serão tirados do livro da vida e da cidade santa. FEC 387 2 Quantos podem responder sinceramente a esta pergunta: Qual é a educação essencial para este tempo? Educação significa muito mais do que muitos supõem. A verdadeira educação abrange a disciplina física, mental e moral, a fim de que todas as faculdades sejam preparadas para o melhor desenvolvimento, para prestar serviço a Deus e para trabalhar pelo soerguimento da humanidade. Buscar ser reconhecido e a glorificação de si mesmo deixarão o instrumento humano privado do Espírito de Deus, destituído daquela graça que pode torná-lo útil e eficiente obreiro de Cristo. Os que só desejam glorificar a Deus não procurarão fazer notórios seus pretensos méritos, obter consideração ou alcançar o lugar mais elevado. Os que ouvem o chamado do Redentor do mundo e atendem a esse chamado, serão reconhecidos como povo distinto, abnegado e santo. FEC 387 3 Se os alunos de nossas escolas prestarem atenção com o propósito de ouvir e atender o convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve", seriam cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus." Os jovens necessitam de educadores que mantenham sempre diante deles a Palavra de Deus em princípios vivos. Se eles mantiverem sempre os preceitos da Bíblia como seu guia, terão maior influência sobre os jovens; pois os professores serão estudantes que têm vivo contato com Deus. De contínuo estarão inculcando idéias e princípios que conduzirão a maior conhecimento de Deus, e a fervorosa e crescente fé no sangue de Jesus e no poder e eficácia da graça de nosso Senhor Jesus Cristo para guardá-los de cair; porque buscam constantemente os baluartes de uma experiência cristã salutar e bem equilibrada, tendo em si qualificações para futura utilidade, inteligência e piedade. Os professores vêem e sentem que devem trabalhar de maneira a não apoucar e corromper a mente dos que se relacionam com eles, por um serviço doentio e semi-religioso. É necessário separar de nossas instituições educacionais a literatura falsa e corrompida, de modo que não se recebam idéias que sejam sementes de pecado. Ninguém suponha que a educação signifique o estudo de livros que conduzam à aceitação de idéias de autores que lancem uma semente que germinará para produzir fruto que será mister atar em feixes com o mundo, separando-os da Fonte de toda sabedoria, de toda eficiência e de todo poder, transformando-os em joguete do arquienganador poder de Satanás. Uma educação pura para os jovens de nossas escolas, não mesclada com filosofias pagãs, é uma necessidade positiva nos ramos literários. FEC 388 1 O bem-estar, a felicidade da vida religiosa das famílias com que eles se acham relacionados, a prosperidade e piedade da igreja de que são membros dependem grandemente da educação religiosa que os jovens receberam em nossas escolas. -- Special Testimonies on Education, 12 de Junho de 1895. ------------------------Capítulo 48 -- O livro divino FEC 390 1 O sanatório é um vasto campo missionário. Estudando diligentemente a Palavra de Deus, vossos estudantes de medicina estão muito melhor preparados para todos os outros estudos, pois do estudo fervoroso da Palavra sempre advém esclarecimento. Compreendam os médicos-missionários que quanto mais se relacionarem com Deus e com Jesus Cristo a quem Ele enviou, e quanto mais se familiarizarem com a história bíblica, mais bem-preparados estarão para fazer o seu trabalho. Os alunos do Colégio de Battle Creek devem aspirar ao mais elevado saber, e nada pode dar-lhes melhor compreensão de todas as lições e uma boa memória, do que o estudo das Escrituras. Haja genuína disciplina no estudo. Deve haver o mais humilde e devoto anseio da alma por conhecer a verdade. FEC 390 2 Tem de haver professores muito fiéis, que se esforcem por fazer os estudantes compreenderem as lições, não lhes explicando tudo, mas deixando que os alunos expliquem com clareza cada texto que lêem. Respeite-se a mente inquiridora dos estudantes. Acatai suas indagações com respeito. Pouco proveito será alcançado com apenas roçar de leve a superfície. Investigação atenta e estudo acurado e esforçado são necessários para compreender a Palavra. Há nessa Palavra verdades que, qual veios de ouro precioso, estão ocultos sob a superfície. Os tesouros escondidos são descobertos ao serem buscados, assim como o mineiro busca o ouro e a prata. Certificai-vos de que a prova da verdade esteja na própria Escritura. Uma passagem é a chave de outras passagens. O valioso e profundo significado é-nos desvendado pelo Santo Espírito de Deus, tornando clara a Palavra à nossa compreensão. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." FEC 390 3 A Palavra de Deus é o grande guia para os alunos de nossas escolas. A Bíblia ensina a inteira vontade de Deus para com os filhos e filhas de Adão. É a regra de vida, ensinando-nos algo sobre o caráter que precisamos formar para a futura vida imortal. Nossa fé, nossa prática, pode tornar-nos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. FEC 391 1 Os homens não necessitam da pálida luz de tradições e costumes para tornar compreensíveis as Escrituras. Isto é exatamente tão sensato como supor que o Sol, brilhando nos céus ao meio-dia, precisasse da bruxuleante candeia da Terra para aumentar-lhe o fulgor. As fábulas ou as declarações de sacerdotes e ministros não são necessárias para salvar do erro os alunos. Consultai o Oráculo divino, e tereis luz. Na Bíblia, todo dever é esclarecido, toda lição é compreensível, capaz de preparar os homens para a vida eterna. FEC 391 2 O dom de Cristo e a iluminação do Espírito Santo nos revelam o Pai e o Filho. A Palavra é exatamente adequada para tornar homens, mulheres e jovens sábios para a salvação. Na Palavra é claramente revelada a ciência da salvação. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." "Examinai as Escrituras", pois ali está o conselho de Deus, a voz de Deus falando à alma. -- Special Testimonies on Education, 1 de Dezembro de 1895. ------------------------Capítulo 49 -- Educação mais elevada FEC 392 1 A expressão "educação superior" deve ser considerada sob um ponto de vista diferente do que tem sido encarada pelos estudantes de ciências. A oração de Cristo a Seu Pai está repleta de eterna verdade. "Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao Céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que o Filho Te glorifique a Ti; assim como Lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que Ele conceda a vida eterna a todos os que Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." "Porque Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não Lhe dá Deus o Espírito por medida. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas Suas mãos. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." O poder e a alma da verdadeira educação é o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." FEC 392 2 Está escrito a respeito de Jesus: "Crescia o Menino e Se fortalecia, enchendo-Se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele. ... E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." O conhecimento de Deus constituirá uma espécie de conhecimento que será tão duradouro como a eternidade. Aprender e executar as obras de Cristo é obter uma educação verdadeira. Se bem que o Espírito Santo movia a mente de Cristo de modo que pudesse dizer a Seus pais: "Por que é que Me procuráveis? Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de Meu Pai?", Ele trabalhou entretanto no ofício de carpinteiro como filho obediente. Revelou que tinha conhecimento de Sua obra como Filho de Deus, e, no entanto, não exaltou Seu caráter divino. Não apresentou o fato de que era divino como razão para esquivar-Se de levar o fardo dos cuidados temporais, mas era submisso a Seus pais. Era o Senhor dos mandamentos, todavia foi obediente a todas as suas reivindicações, deixando assim um exemplo de obediência para a infância, a juventude e a idade adulta. FEC 393 1 Se a mente se aplicar à tarefa de estudar a Bíblia para obter informação, ampliar-se-ão as faculdades do raciocínio. Submetida ao estudo das Escrituras, a mente se expande e torna-se mais bem equilibrada do que ocupando-se na obtenção de conhecimentos gerais dos livros que são usados e que não têm conexão com a Bíblia. Nenhum conhecimento é tão sólido, consistente, e de tão vasto alcance, como o que é obtido do estudo da Palavra de Deus. É a base de todo verdadeiro conhecimento. A Bíblia é como um manancial. Quanto mais se olha para o seu interior, tanto mais profundo parece à vista. As grandiosas verdades da história sagrada possuem estupenda força e beleza, e são tão vastas como a eternidade. Nenhuma ciência se iguala à que revela o caráter de Deus. Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios, disse porém o seguinte: "Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. Guardai-vos, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida. Pois, que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O invocamos? E que grande nação há, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho? Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e os farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos." FEC 393 2 Onde encontraremos leis mais nobres, puras e justas do que as que aparecem nos livros em que se acham registradas as instruções dadas a Moisés para os filhos de Israel? Estas leis devem perpetuar-se através de todos os tempos para que o caráter do povo de Deus possa ser formado à semelhança divina. A lei é uma muralha protetora para os que são obedientes aos preceitos de Deus. De que outra fonte podemos obter semelhante energia ou aprender tão nobre ciência? Que outro livro ensinará os homens a amar, temer e obedecer a Deus como a Bíblia? Que outro livro apresenta aos estudantes ciência mais enobrecedora, história mais maravilhosa? Claramente retrata a justiça e prediz a conseqüência da deslealdade à lei de Jeová. Ninguém é deixado em trevas quanto ao que Deus aprova ou desaprova. Estudando as Escrituras travamos conhecimento com Deus e somos levados a compreender nossa relação com Cristo, o qual é o portador dos pecados, o penhor, o substituto de nossa raça caída. Estas verdades dizem respeito a nossos interesses presentes e eternos. A Bíblia supera todos os livros e seu estudo é mais valioso do que o estudo de qualquer outra literatura para dar vigor e expansão à mente. Paulo declara: "Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste. E que desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." "Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança." FEC 395 1 A Palavra de Deus é o livro mais perfeito que existe em nosso mundo. No entanto, em nossos colégios e escolas têm sido apresentados para o estudo de nossos alunos livros produzidos pela inteligência humana, e o Livro dos livros, que Deus deu aos homens como guia infalível, tem sido relegado a um plano secundário. FEC 395 2 Produções humanas têm sido usadas como mais essenciais, e a Palavra de Deus tem sido estudada simplesmente para dar colorido a outros estudos. Isaías descreve com a linguagem mais viva as cenas da glória do Céu que lhe foram apresentadas. Em todo o seu livro ele retrata coisas gloriosas que devem ser reveladas aos outros. Ezequiel escreve: "Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do Senhor. Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, e uma grande nuvem, com fogo a revolver-se, e resplendor ao redor dela, e no meio disto uma coisa como metal brilhante que saía do meio do fogo. Do meio dessa nuvem saía a semelhança de quatro seres viventes, cuja aparência era esta: tinham a semelhança de homem. Cada um tinha quatro rostos, como também quatro asas. As suas pernas eram direitas, a planta de cujos pés era como a de um bezerro, e luzia como o brilho de bronze polido. Debaixo das asas tinham mãos de homens, aos quatro lados; assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas. Estas se uniam uma à outra; não se viravam quando iam; cada qual andava para a sua frente. A forma de seus rostos era como o de homem; à direita os quatro tinham rosto de leão; à esquerda, rosto de boi; e também rosto de águia todos os quatro." O livro de Ezequiel é profundamente instrutivo. FEC 395 3 Deus designou que a Bíblia seja o Livro pelo qual possa ser disciplinado o entendimento, e guiada e dirigida a alma. Viver no mundo, e, no entanto, não ser do mundo, é um problema que muitos professos cristãos jamais resolveram em sua vida prática. O engrandecimento intelectual só advirá a uma nação à medida que os homens retornarem a sua lealdade para com Deus. O mundo está inundado de livros de informação geral, e os homens ocupam a mente no exame de histórias não inspiradas; mas negligenciam o Livro mais admirável, que pode dar-lhes as idéias mais corretas e a compreensão mais ampla. -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1896. ------------------------Capítulo 50 -- O mestre divino FEC 397 1 Os que aprendem diariamente de Jesus Cristo estão preparados para ocupar sua posição como cooperadores de Deus, e qualquer que seja o seu ofício ou profissão, podem empregar as faculdades que lhes foram dadas por Deus à semelhança do caráter de Cristo enquanto habitou na carne. Os jovens levarão consigo exatamente a influência que receberam em sua vida doméstica e na educação escolar. Deus considera os professores responsáveis por sua obra como educadores. Precisam aprender diariamente na escola de Cristo, a fim de elevar os jovens que tiveram frouxa disciplina no lar, que não formaram bons hábitos de estudo, que possuem pouco conhecimento da futura vida imortal, pela qual foi pago o mais alto preço pelo Deus do Céu ao dar Seu Filho unigênito para levar uma vida de humilhação e sofrer a morte mais ignominiosa, "para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". FEC 397 2 Deus nos concede um tempo de graça em que podemos preparar-nos para a escola mais elevada. Os jovens devem ser educados, disciplinados e preparados para essa escola pela formação de um caráter moral e intelectual que seja aprovado por Deus. Não devem receber um preparo nos costumes, diversões e jogos desta corrompida sociedade mundana, e, sim, nas normas de Cristo -- um preparo que os habilite a ser cooperadores dos seres celestiais. Que grande farsa é, porém, a educação obtida nos ramos literários, se tiver de ser tirada do estudante para que seja considerado digno de tomar posse daquela vida que se compara com a vida de Deus, sendo ele mesmo salvo como que através do fogo! FEC 397 3 No passado, a educação consistia em encher laboriosamente o cérebro dos estudantes com assuntos que não podem ter a menor utilidade para eles e que não serão reconhecidos na escola mais elevada. Os mestres da nação judaica pretendiam ensinar os jovens a compreender a pureza e a excelência das leis daquele reino que permanecerá para todo o sempre, mas deturparam a verdade e a pureza. Embora dissessem de si mesmos: "Templo do Senhor, templo do Senhor é este", crucificaram o Originador de todo o sistema judaico, para o qual apontavam todas as suas cerimônias. Deixaram de discernir o velado mistério da piedade; Cristo Jesus permaneceu oculto para eles. A verdade, a vida, o centro de todo o seu ritual, foi rejeitado. Eles mantinham, e ainda mantêm, simplesmente as cascas, as sombras, as figuras que simbolizavam o verdadeiro. Uma figura designada para aquele tempo, a fim de que pudessem discernir o verdadeiro, tornou-se tão deturpada por suas próprias invenções, que se lhes cegaram os olhos. Não compreenderam que o tipo encontrou o antítipo na morte de Jesus Cristo. Quanto maior sua deturpação de figuras e símbolos, tanto mais confusa ficou a sua mente, de modo que não puderam ver o perfeito cumprimento do sistema judaico, instituído e estabelecido por Cristo, e apontando para Ele como sendo sua essência. Comidas e bebidas e diversas ordenanças foram multiplicadas até que a religião cerimonial constituiu sua única forma de culto. FEC 398 1 Em Seus ensinos, Cristo procurou educar e ensinar os judeus a ver a finalidade daquilo que seria abolido pela verdadeira oblação dEle mesmo, o sacrifício vivo. "Ide, porém", disse Ele, "e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício." Cristo apresentou o caráter puro como de suprema importância. Dispensou toda a ostentação, requerendo a fé que atua por amor e purifica a alma, como único requisito para o reino do Céu. Ele ensinou que a religião verdadeira não consiste em formas ou cerimônias, atrativos ou exibições exteriores. Cristo teria adotado tudo isso em Sua própria vida, se fosse essencial na formação de um caráter à semelhança divina. Sua cidadania, Sua autoridade divina baseavam-se, porém, em Seus próprios méritos intrínsecos. Ele, a Majestade do Céu, andou na Terra envolto no manto da humanidade. Todos os Seus atrativos e triunfos deviam ser manifestados em favor do homem e testificar de Sua viva ligação com Deus. FEC 399 1 A predição de Cristo acerca da destruição do templo era uma lição sobre a purificação religiosa, pelo fato de tornar sem efeito formas e cerimônias. Ele Se declarou maior do que o templo e distinguiu-Se ao proclamar: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida." Era Aquele no qual todo o cerimonial judaico e o serviço típico encontrariam o cumprimento. Ele distinguiu-Se em lugar do templo; todas as funções da igreja centralizavam-se unicamente nEle. FEC 399 2 No passado, os homens aproximaram-se de Cristo por meio de formas e cerimônias, mas agora Ele estava sobre a Terra, chamando a atenção diretamente para Si mesmo, apresentando um sacerdócio espiritual e colocando o pecaminoso instrumento humano junto ao estrado da misericórdia. "Pedi, e dar-se-vos-á", Ele prometeu; "buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." "Se Me pedirdes alguma coisa em Meu nome, Eu o farei. Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos." "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; ... e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele." "Como o Pai Me amou, também Eu vos amei; permanecei no Meu amor. Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço." FEC 399 3 Cristo transmitiu estas lições em Seus ensinos, mostrando que o serviço cerimonial estava passando e não possuía virtude alguma. "Vem a hora", disse Ele, "e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade." A verdadeira circuncisão é a adoração de Cristo em espírito e em verdade, não em formas e cerimônias, com pretensão hipócrita. FEC 399 4 A profunda necessidade humana de um mestre divino era conhecida no Céu. A piedade e a simpatia de Deus foram exercidas em favor do homem caído e atado ao carro de Satanás; e quando veio a plenitude do tempo, Ele enviou Seu Filho. Aquele que fora designado nos conselhos do Céu veio à Terra como instrutor. Ele não era nada menos do que o Criador do mundo, o Filho do Deus Infinito. A rica benevolência de Deus deu-O a nosso mundo; e para satisfazer às necessidades da humanidade, Ele assumiu a natureza humana. Para assombro da hoste celestial, Ele andou na Terra como a Palavra Eterna. Estando plenamente preparado, deixou as cortes reais para vir a um mundo arruinado e corrompido pelo pecado. Ele uniu-Se misteriosamente à natureza humana. "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós." O excesso de bondade, benevolência e amor da parte de Deus foi uma surpresa para o mundo, de graça que podia ser compreendida, mas não declarada. FEC 400 1 O fato de que Cristo, durante Sua infância, crescesse em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens, não era motivo de admiração, pois estava de acordo com as leis de Sua designação divina que Seus talentos se desenvolvessem e Suas faculdades se fortalecessem pelo uso. Ele não procurou as escolas dos profetas nem a cultura transmitida pelos mestres rabínicos; não necessitava da educação obtida nessas escolas, pois Deus era o Seu Instrutor. Quando na presença de mestres e maiorais, Suas perguntas eram lições instrutivas, e surpreendia os grandes homens com Sua sabedoria e perspicácia. Suas respostas às interrogações feitas por eles descerravam campos de idéias sobre assuntos referentes à missão de Cristo que nunca dantes lhes haviam penetrado na mente. FEC 400 2 A quantidade de sabedoria e o conhecimento científico que Cristo revelava em presença dos sábios eram motivo de surpresa para Seus pais e irmãos, pois sabiam que jamais recebera dos grandes mestres instrução na ciência humana. Seus irmãos ficavam perturbados com Suas perguntas e respostas porque percebiam que Ele era um instrutor para os doutos mestres. Não podiam compreendê-Lo, pois não sabiam que tinha acesso à árvore da vida, uma fonte de conhecimento da qual nada sabiam. Ele sempre possuía uma dignidade e individualidade peculiares, distintas do orgulho ou da presunção mundana, pois não Se esforçava por obter grandezas. FEC 401 1 Depois que Cristo condescendera em deixar Seu excelso domínio, descer de uma altura infinita e assumir a forma humana, poderia haver adotado qualquer condição da humanidade que preferisse; mas grandeza e posição nada eram para Ele, e escolheu o modo de vida mais baixo e humilde. Belém foi o lugar de Seu nascimento; e, de um lado, Sua linhagem era pobre, mas Seu Pai era Deus, o Possuidor do mundo. Nenhum vestígio de luxo, comodidade, satisfação ou condescendência egoísta foi introduzido em Sua vida, a qual era uma constante rotina de abnegação e sacrifício pessoal. Em conformidade com o Seu nascimento humilde, Ele não teve, evidentemente, grandezas ou riquezas, para que o crente mais humilde não possa dizer que Cristo jamais experimentou a tensão de angustiante pobreza. Se Ele possuísse o aspecto de alarde exterior, de riquezas, de magnificência, a classe mais pobre da humanidade teria evitado Sua companhia; Ele escolheu, portanto, a condição inferior da grande maioria das pessoas. A verdade de origem celeste seria Seu assunto; competia-Lhe semear a verdade na Terra; e veio de tal maneira que fosse acessível a todos, para que unicamente a verdade causasse uma impressão sobre os corações humanos. FEC 401 2 O contentamento de Cristo em qualquer circunstância irritava Seus irmãos. Eles não podiam explicar a razão de Sua paz e serenidade; e nenhuma persuasão da parte deles podia induzi-Lo a participar de quaisquer planos ou medidas que dessem a impressão de trivialidade ou de culpa. Em todas essas ocasiões, Ele afastava-Se deles, afirmando claramente que desviariam a outros e não eram dignos de ser filhos de Abraão. Teve de dar tal exemplo para que as criancinhas, os membros mais novos da família do Senhor, nada pudessem ver em Sua vida ou caráter que justificasse algum mau ato. Você é muito meticuloso e esquisito, diziam os membros de Sua própria família. Por que não é como as outras crianças? Mas isso não era possível, porque Cristo devia ser um sinal e um prodígio desde a Sua mocidade, no que dizia respeito a rigorosa obediência e integridade. FEC 402 1 Sendo sempre bondoso, cortês, e apoiando sempre os oprimidos, quer fossem judeus ou gentios, Cristo era amado por todos. Mediante Sua vida e caráter perfeitos, Ele respondeu à pergunta feita no salmo quinze: "Quem, Senhor, habitará no Teu tabernáculo? Quem há de morar no Teu santo monte? O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala verdade." Na infância e na juventude, Sua conduta era de tal natureza que pôde dizer a Seus discípulos quando Se empenhou na obra como Mestre: "Se guardardes os Meus mandamentos, permanecereis no Meu amor; assim como também Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e no Seu amor permaneço." FEC 402 2 À medida que Cristo avançava em idade, prosseguia a obra iniciada em Sua infância, e Ele continuava a crescer em sabedoria e em graça para com Deus e os homens. Não tomava o partido de Sua própria família meramente porque estavam ligados a Ele pelos laços naturais; não defendia o seu caso nenhuma vez em que fossem culpados de injustiça ou erro; sempre defendia, porém, o que sabia ser verdade. FEC 402 3 Cristo aplicava-Se diligentemente ao estudo das Escrituras, pois sabia que estavam repletas de preciosas instruções para todos os que quisessem torná-las seu conselheiro. Ele era fiel no desempenho de Seus deveres domésticos, e as primeiras horas da manhã, em vez de serem desperdiçadas na cama, muitas vezes O encontravam num lugar solitário, meditando, examinando as Escrituras e orando. Toda profecia referente a Sua obra e mediação Lhe era familiar, especialmente as que diziam respeito a Sua humilhação, expiação e intercessão. Na infância e juventude, sempre estava diante dEle, o propósito de Sua vida, como incentivo para que empreendes-se a obra de mediar em favor do homem caído. Ele veria uma posteridade que prolongaria os seus dias, e o bom prazer do Senhor prosperaria nas Suas mãos. FEC 402 4 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." Cristo estudou tais assuntos em Sua juventude, e o Universo celestial olhava com interesse para Aquele que, em troca da alegria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia. Oferecendo-Se a Si mesmo para fazer intercessão pelas transgressões da raça humana, Cristo desempenhou a função de sacerdote. Como recompensa, veria o fruto do penoso trabalho de Sua alma, e ficaria satisfeito. Sua posteridade prolongaria para sempre os seus dias na Terra. "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." Por Sua obediência a Seu pai e a Sua mãe, Cristo foi um exemplo para todas as crianças e jovens; hoje em dia, porém, as crianças não seguem o exemplo dado por Ele, e o infalível resultado será o encurtamento de seus dias. FEC 403 1 "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade." Antes de serem lançados os fundamentos da Terra, foi feito o concerto de que todos os que fossem obedientes, todos os que, por meio da abundante graça provida, se tornassem santos no caráter e sem culpa diante de Deus, apropriando-se dessa graça, seriam filhos de Deus. Este concerto, feito desde a eternidade, foi dado a Abraão centenas de anos antes da vinda de Cristo. Com que interesse e com que ardor Cristo na humanidade estudava a raça humana para ver se eles se apoderariam da provisão oferecida! FEC 403 2 "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Estas palavras abrem os olhos de todos os que querem ver. O conhecimento de Deus é um conhecimento que não precisará ser deixado para trás quando findar o nosso tempo de graça, um conhecimento do mais duradouro benefício para o mundo e para nós individualmente. Por que, então, devemos pôr a Palavra de Deus em segundo plano, se ela é sabedoria para salvação? "Portanto convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?" Estamos negligenciando a nossa salvação se damos o lugar mais proeminente e a mais devota consideração a autores que têm apenas uma idéia confusa acerca do significado da religião, e se relegamos a Bíblia a uma posição secundária. Os que têm sido iluminados com referência à verdade para estes últimos dias não encontrarão instrução a respeito das coisas que sobrevirão a nosso mundo nos livros que geralmente são estudados hoje em dia; a Bíblia, porém, está repleta do conhecimento de Deus, e é apta a educar o estudante para a utilidade nesta vida e para a vida eterna. FEC 404 1 Estudai atentamente o primeiro capítulo de Hebreus. Tornai-vos interessados nas Escrituras. Lede-as e estudai-as diligentemente. "Julgais ter nelas a vida eterna", disse Cristo, "e são elas mesmas que testificam de Mim." Ter um conhecimento experimental e individual de Deus e de Jesus Cristo, "a quem Ele enviou", significa tudo para nós. "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." -- Special Testimonies on Education, 23 de Março de 1896. ------------------------Capítulo 51 -- Verdadeira educação FEC 405 1 "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices" -- para os que não são presunçosos, mas estão dispostos a aprender. Qual era a obra do Mensageiro dado por Deus a nosso mundo? O Filho unigênito de Deus revestiu Sua divindade com a humanidade e veio a nosso mundo como Mestre, como Instrutor, para revelar a verdade em contraste com o erro. A verdade, a verdade salvadora, jamais se debilitou em Sua língua, jamais penou em Suas mãos, mas foi claramente realçada e definida entre as trevas morais que predominam em nosso mundo. Ele deixou as cortes celestiais por causa dessa obra. Disse Ele a Seu próprio respeito: "Para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade." A verdade saía-Lhe dos lábios com vigor e poder, como nova revelação. Ele era o caminho, a verdade e a vida. Sua vida, dada em favor deste mundo pecaminoso, estava repleta de fervor e de importantes resultados; pois a Sua obra era salvar almas que perecem. Ele apareceu para ser a Luz Verdadeira que resplandece entre as trevas morais da superstição e do erro, e foi apresentado por uma voz do Céu proclamando: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." E na transfiguração foi ouvida novamente esta voz do Céu: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo; a Ele ouvi." FEC 405 2 "Disse, na verdade, Moisés: O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um Profeta semelhante a mim; a Ele ouvireis em tudo quanto vos disser. Acontecerá que toda alma que não ouvir esse Profeta, será exterminada do meio do povo." Cristo trouxe a nosso mundo certo conhecimento de Deus, e a todos quantos receberam Sua Palavra e lhe obedeceram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. Aquele que veio de Deus ao nosso mundo deu instruções a respeito de todo assunto que é essencial que o homem saiba a fim de encontrar o caminho para o Céu. A verdade era para Ele uma realidade sempre presente e que dispensa demonstração; Ele não fazia sugestões, não promovia sentimentos, noções ou opiniões, mas apresentava somente sólida verdade salvadora. FEC 406 1 Tudo quanto não é abrangido pela verdade é mera suposição humana. Homens aparentemente elevados e sábios talvez sejam néscios à vista de Deus, e, neste caso, as sublimes e eruditas exposições de suas doutrinas, por mais que agradem e satisfaçam aos sentidos, e embora tenham sido transmitidas de um século a outro, e embaladas no berço da fé popular, constituem uma ilusão e uma falsidade se não se encontram nos inspirados ensinos de Cristo. Ele é a fonte de toda sabedoria, pois colocou-Se exatamente no mesmo nível que o Deus eterno. Em Sua humanidade, a glória da iluminação celestial incidiu diretamente sobre Ele, e dEle para o mundo, para ser refletida por todos os que O recebem e crêem nEle, mesclada com a perfeição e o fulgor de Seu próprio caráter. Se bem que Cristo Se evidenciasse distintamente em Sua personalidade humana, e apelasse para a humanidade em linguagem impressionante, mas simples, estava em tão perfeita unidade com Deus que Sua voz era revestida de autoridade, como a voz de Deus emitida do centro de glória. FEC 406 2 No relato que o Espírito Santo o incumbiu de apresentar, João diz o seguinte a respeito de Cristo: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez." Este é o mais precioso desdobramento de verdade definida, lançando sua divina luz e glória sobre todos os que quiserem recebê-la. Que conhecimento mais importante pode ser obtido do que o que é comunicado no Livro que fala da queda do homem e das conseqüências do pecado que abriu as comportas da aflição em nosso mundo, e que também ensina algo sobre o primeiro advento de Cristo, como indefeso Bebê, nascido num estábulo e deitado numa manjedoura? A história de Cristo deve ser examinada, comparando uma passagem com a outra, para que compreendamos a importantíssima lição. Quais são as condições da salvação? Como seres inteligentes, dotados de atributos e responsabilidades pessoais, podemos estar cientes de nosso futuro destino eterno; pois o relato das Escrituras transmitido por João, sob a direção do Espírito Santo, não encerra condições que não possam ser compreendidas com facilidade e que não resistam à investigação mais penetrante e arguta. FEC 407 1 Cristo era um mestre enviado por Deus, e Suas palavras não continham futilidades ou a aparência daquilo que não é essencial. Mas a força de muito ensino humano reside na afirmação, não na verdade. Os professores da atualidade só podem usar a capacidade educada de mestres anteriores; no entanto, com todo o peso da importância que possa ser conferida às palavras dos maiores autores, existe consciente incapacidade para remontá-las ao primeiro grande princípio, a Fonte de infalível sabedoria, da qual os mestres obtêm sua autoridade. Há uma penosa incerteza, uma busca incessante, um distender-se em procura das certezas que só se encontram em Deus. Pode-se tocar a trombeta da grandeza humana, mas incerto é seu sonido; não é digno de confiança, e não se pode, por ele, assegurar a salvação de almas. FEC 407 2 Está sendo introduzido na educação um acervo de tradições, com mera aparência de verdade, o qual jamais habilitará o estudante para viver nesta vida de tal maneira que obtenha a superior vida imortal. A literatura colocada em nossas escolas, escrita por ateus e pretensos sábios, não contém a educação que os alunos devem receber. Não é essencial que eles sejam instruídos nesses aspectos a fim de se formarem nessas escolas e passarem para a escola que está no Céu. O acervo de tradições ensinadas não suporta a comparação com os ensinos dAquele que veio mostrar o caminho para o Céu. Cristo ensinava com autoridade. O Sermão da Montanha é uma admirável produção, no entanto é tão simples que uma criança pode estudá-lo sem incompreensões. O monte das bem-aventuranças é um símbolo da grande elevação espiritual em que Cristo sempre Se achava. Ele falava com uma autoridade que pertencia exclusivamente a Sua própria Pessoa. Toda frase que Ele proferia, provinha de Deus. Era a Palavra e a Sabedoria de Deus, e sempre apresentava a verdade com a autoridade de Deus. "As palavras que Eu vos digo", disse Ele, "são espírito e vida." FEC 408 1 Aquilo que nos concílios do Céu o Pai e o Filho consideraram essencial para a salvação do homem foi definido desde a eternidade por meio de verdades infinitas que os seres finitos não podem deixar de compreender. Foram feitas revelações para sua educação na justiça, para que o homem de Deus possa glorificar sua própria vida e a de seus semelhantes, não somente por possuir a verdade, mas comunicando-a. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus que há de julgar vivos e mortos, pela Sua manifestação e pelo Seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos." FEC 408 2 Jesus não introduziu em Seus ensinos coisa alguma da ciência dos homens. Seu ensino está repleto de grandiosas, enobrecedoras e salvadoras verdades, às quais as mais elevadas ambições dos homens e suas mais esplêndidas invenções não se podem comparar; no entanto, coisas de menor importância preocupam a mente dos homens. O grande plano da redenção da raça caída foi levado a efeito na vida de Cristo em carne humana. Este plano de restaurar a imagem moral de Deus na humanidade degradada inseriu-se em todo propósito da vida e do caráter de Cristo. Sua majestade não podia mesclar-se com a ciência humana que um dia se desligará da grande fonte de toda a sabedoria. O assunto da ciência humana nunca Lhe escapou dos santos lábios. Crendo e cumprindo as palavras de Deus, Ele estava arrancando a família humana do carro de Satanás. Achava-Se atento à terrível ruína que pairava sobre a raça humana e veio salvar almas por Sua própria justiça, trazendo ao mundo clara certeza de esperança e completo alívio. O conhecimento existente no mundo pode ser adquirido, pois todos os homens são propriedade de Deus e são usados por Ele para cumprir Sua vontade em determinados aspectos, mesmo que rejeitem o homem Cristo Jesus como seu Salvador. A maneira pela qual Deus usa os homens nem sempre é discernida, mas Ele o faz. Deus dotou os homens de talentos e capacidade inventiva, a fim de que seja efetuada a Sua grande obra em nosso mundo. As invenções da mente humana parecem proceder da humanidade, mas Deus está atrás de tudo isso. Ele fez com que fossem inventados os rápidos meios de locomoção para o grande dia de Sua preparação. FEC 409 1 O uso que os homens têm feito de suas capacidades, fazendo mau emprego e abusando dos talentos que lhes foram dados por Deus, tem trazido confusão ao mundo. Eles substituíram a direção de Cristo pela direção do grande rebelde, o príncipe das trevas. Só o homem é responsável pelo fogo estranho que tem sido misturado com o fogo sagrado. O acúmulo de muitas coisas que promovem a concupiscência e a ambição tem trazido sobre o mundo o juízo de Deus. Quando em dificuldade, os filósofos e os grandes homens da Terra querem satisfazer a mente sem recorrer a Deus. Eles debatem sua filosofia a respeito dos céus e da Terra, explicando os flagelos, as pestilências, as epidemias, os terremotos e as fomes por sua pretensa ciência. Procurarão solver centenas de perguntas relacionadas com a criação e a providência divina, dizendo: Isto é uma lei da Natureza. FEC 409 2 Existem leis naturais, mas elas são harmoniosas e agem de acordo com todas as operações de Deus. Quando, porém, os muitos senhores e os muitos deuses se põem a explicar os princípios e as providências de Deus, apresentando ao mundo fogo estranho em lugar do fogo divino, há confusão. O mecanismo da Terra e do Céu requer muitas faces para cada roda a fim de ver a Mão debaixo das rodas, extraindo perfeita ordem da confusão. O Deus vivo e verdadeiro é uma necessidade em toda a parte. FEC 410 1 Em Daniel 2 é apresentada uma história muitíssimo interessante e importante. Nabucodonosor, rei de Babilônia, teve um sonho de que não conseguia lembrar-se ao acordar. "Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus", a quem havia exaltado e nos quais confiava, e, depois de relatar as circunstâncias, exigiu que eles lhe contassem o sonho. Os sábios ficaram cheios de terror diante do rei, pois não tinham nenhum raio de luz a respeito do sonho do rei. Só puderam dizer: "Ó rei, vive eternamente! dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação." "Respondeu o rei, e disse aos caldeus: O que foi me tem escapado; se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo; mas se vós me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dons, e dádivas, e grande honra. Portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação." Os sábios deram porém a mesma resposta que antes: "Diga o rei o sonho a seus servos, e lhe daremos a interpretação." FEC 410 2 Nabucodonosor começou a ver que os homens nos quais confiava para revelarem mistérios por meio de sua jactanciosa sabedoria, o decepcionaram nessa grande perplexidade, e disse: "Percebo muito bem que vós quereis ganhar tempo, porque vedes que o que eu sonhei me tem escapado. Por conseqüência, se não me fazeis saber o sonho, uma só sentença será a vossa; pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas para as proferirdes na minha presença, até que se mude o tempo. Portanto dizei-me o sonho, para que eu entenda que me podeis dar a sua interpretação." Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram: Não há ninguém sobre a Terra que possa revelar o que o rei exige. ... A coisa, que o rei exige, é difícil, e ninguém há que a possa revelar diante do rei, senão os deuses, cuja morada não é com a carne." "Então o rei muito se irou e enfureceu; e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia." FEC 411 1 Ao ser informado desse decreto, "foi Daniel ter com o rei e lhe pediu designasse o tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação. Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia ao Deus do Céu, sobre este mistério". O Espírito do Senhor repousou sobre Daniel e seus companheiros, e foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite. Ao relatar ele os fatos, o sonho avivou-se na memória do rei, e foi dada a interpretação, revelando os notáveis acontecimentos que ocorreriam na história profética. FEC 411 2 O Senhor estava trabalhando no reino babilônico, comunicando luz aos quatro prisioneiros hebreus, para que pudesse expor Sua obra perante o povo. Ele revelaria que tinha autoridade sobre os reinos do mundo, para estabelecer reis e remover reis. O Rei dos reis estava comunicando uma grande verdade ao rei de Babilônia, avivando em seu espírito o senso de sua responsabilidade para com Deus. Ele viu o contraste entre a sabedoria de Deus e a sabedoria dos homens mais cultos de seu reino. FEC 411 3 O Senhor deu a Seus fiéis representantes lições do Céu, e Daniel declarou diante dos grandes homens do rei de Babilônia: "Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dEle é a sabedoria e o poder; é Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz." "Há um Deus nos Céus, o qual revela os mistérios; pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias." A glória não foi tributada aos homens que serviam de oráculos no reino; mas os que puseram toda a sua confiança em Deus, buscando graça e força e iluminação divina, foram escolhidos como representantes do reino de Deus na perversa e idólatra Babilônia. FEC 412 1 Os acontecimentos históricos relatados no sonho do rei eram importantes para ele; mas o sonho foi-lhe arrebatado a fim de que os sábios, por sua pretensa compreensão dos mistérios, não lhe dessem uma falsa interpretação. As lições nele ensinadas foram dadas por Deus para os que vivem em nosso tempo. A incapacidade dos sábios para revelar o sonho é uma representação dos sábios da atualidade, que não possuem discernimento, erudição e conhecimento provenientes do Altíssimo, não sendo, portanto, capazes de compreender as profecias. As pessoas mais versadas na ciência do mundo, que não estão atentas para ouvir o que Deus declara em Sua Palavra e que não abrem o coração para receber essa Palavra e transmiti-la aos outros, não são Seus representantes. Não são os grandes e sábios homens da Terra, os reis e nobres, que recebem a verdade para a vida eterna, embora esta lhes seja apresentada. FEC 412 2 A exposição de Daniel do sonho que Deus deu ao rei resultou em honra e dignidade por ele recebidas. "Então o rei Nabucodonosor caiu sobre o seu rosto, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe fizessem oferta de manjares e perfumes suaves. Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois pudeste revelar este segredo. Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitos e grandes dons e o pôs por governador de toda a província de Babilônia, como também por principal governador de todos os sábios de Babilônia. E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; mas Daniel estava às portas do rei" -- o lugar em que se administrava justiça, e seus três companheiros foram constituídos conselheiros, juízes e governadores no meio daquela terra. Estes homens não se encheram de vaidade, mas viram que Deus foi reconhecido acima de todos os potentados terrestres e que Seu reino foi exaltado acima de todos os reinos do mundo, e se alegraram com isso. FEC 413 1 Vemos, portanto, que pode ser obtido o mais alto grau de educação terrestre, sendo todavia os seus possuidores ignorantes dos princípios fundamentais que os tornariam súditos do reino de Deus. A cultura humana não pode habilitar as pessoas para esse reino. Os súditos do reino de Cristo não se tornam assim por meio de formas e cerimônias e pelo dilatado estudo de livros. "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Os membros do reino de Cristo são membros de Seu corpo, do qual Ele mesmo é a cabeça. São os filhos eleitos de Deus, "o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido", a fim de proclamarem as virtudes dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. FEC 413 2 "Porque tu és povo santo ao Senhor teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a Terra. Não vos teve o Senhor afeição nem vos escolheu, porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e cumprem os Seus mandamentos; e dá o pago diretamente aos que O odeiam, fazendo-os perecer: não será demorado para com o que O odeia; prontamente lho retribuirá. Guarda, pois, os mandamentos, e os estatutos e os juízos que hoje te mando cumprir." Se os mandamentos de Deus devem estar em vigência por milhares de gerações, isso os levará ao reino de Deus, à presença de Deus e Seus santos anjos. Este é um argumento que não pode ser contestado. Os mandamentos de Deus durarão por todo o tempo e a eternidade. Eles nos são dados, portanto, como um fardo? -- Não. "O Senhor nos ordenou cumpríssemos todos estes estatutos, e temêssemos o Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como tem feito até hoje." O Senhor deu mandamentos a Seu povo para que, obedecendo a eles, pudessem preservar sua saúde física, mental e moral. Deviam viver pela obediência; a morte é, porém, o infalível resultado da desobediência à lei de Deus. FEC 414 1 As Escrituras do Antigo e do Novo Testamento precisam ser estudadas diariamente. O conhecimento e a sabedoria de Deus advêm ao estudante que aprende constantemente de Seus caminhos e obras. A Bíblia deve ser nossa luz, nosso educador. Quando reconhecemos a Deus em todos os nossos caminhos; quando os jovens são ensinados a crer que Deus envia do céu chuva e sol, fazendo florescer a vegetação; quando lhes é ensinado que todas as bênçãos provêm dEle, e que devem ser-Lhe prestadas ações de graça e louvor; quando com fidelidade reconhecem a Deus e desempenham seus deveres dia a dia, Deus estará em todos os seus pensamentos; podem confiar nEle quanto ao futuro, e será evitado o ansioso cuidado que traz infelicidade a tantas pessoas. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." FEC 414 2 A primeira e grande lição de toda educação é conhecer e compreender a vontade de Deus. Durante cada um dos dias da vida, levai convosco o conhecimento de Deus. Deixai que ele absorva a mente e todo o ser. Deus deu sabedoria a Salomão, porém essa sabedoria de origem divina foi deturpada quando ele se afastou de Deus para obter sabedoria de outras fontes. Precisamos da sabedoria de Salomão depois que aprendemos a sabedoria de Alguém maior do que Salomão. Não devemos perscrutar a sabedoria humana, que é chamada loucura, para procurar verdadeira sabedoria. Instruir-se na ciência mediante a interpretação humana é obter uma falsa educação, mas aprender de Deus e Jesus Cristo é aprender a ciência da Bíblia. A confusão educacional provém do fato de a sabedoria e o conhecimento de Deus não terem sido honrados e exaltados pelo mundo religioso. Os limpos de coração vêem a Deus em toda providência, em todo aspecto da verdadeira educação. Eles vibram à primeira aproximação da luz irradiada do trono de Deus. Aos que captarem os primeiros vislumbres do conhecimento espiritual serão feitas comunicações do Céu. Os alunos de nossas escolas devem considerar o conhecimento de Deus acima de todas as outras coisas. Unicamente o exame das Escrituras trará o conhecimento do verdadeiro Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. "A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos entendidos." "Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens." "Mas vós sois dEle, em Cristo Jesus, o qual Se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor." -- Special Testimonies on Education, 26 de Março de 1896. ------------------------Capítulo 52 -- Educação manual FEC 416 1 A vida não nos foi dada para ser passada em ociosidade ou satisfação própria. Grandes possibilidades são postas diante de todos os que desenvolverem as aptidões que lhes foram concedidas por Deus. Por esta razão o preparo dos jovens é um assunto de suma importância. Toda criança nascida no lar é um depósito sagrado. Deus diz aos pais: Tomai esta criança e criai-a para Mim, a fim de que venha a ser uma honra ao Meu nome, e um conduto através do qual Minhas bênçãos possam fluir para o mundo. Habilitar a criança para uma vida assim, requer algo mais que uma educação parcial, unilateral, que desenvolva as faculdades mentais com prejuízo das físicas. Todas as faculdades da mente e do corpo precisam ser desenvolvidas; e esta é a obra que os pais, auxiliados pelo professor, devem fazer pelas crianças e os jovens colocados sob o seu cuidado. FEC 416 2 As primeiras lições têm grande importância. É costume enviar crianças muito novas à escola. Exige-se delas estudarem nos livros coisas que sobrecarregam a mente infantil, e é-lhes muitas vezes ensinada a música. Com frequência os pais não dispõem senão de parcos recursos, incorrendo em uma despesa que mal se podem permitir, mas tudo precisam fazer para se aplicar a esse ramo artificial de educação. Tal procedimento não é sábio. Uma criança nervosa não deve ser sobrecarregada em qualquer sentido, e não deve aprender música até estar bem desenvolvida fisicamente. FEC 416 3 A mãe deve ser a professora, e o lar a escola em que cada criança receba suas primeiras lições; e estas devem incluir hábitos de operosidade. Mães, deixai que os pequeninos brinquem ao ar livre, ouçam os cânticos dos pássaros e aprendam o amor de Deus, conforme se acha expresso em Suas belas obras. Ensinai-lhes lições simples do livro da Natureza e das coisas que as rodeiam; e ao se lhes expandir a mente, podem ser acrescentadas lições de livros e firmemente fixadas na memória. Mas também aprendam, mesmo nos primeiros anos, a ser úteis. Ensinai-lhes a pensar que, como membros da família, devem desempenhar uma parte interessada e útil em partilhar as responsabilidades domésticas, e procurar exercício saudável na realização dos necessários deveres do lar. FEC 417 1 É essencial que os pais procurem ocupação útil para seus filhos, o que importa em assumirem responsabilidades de acordo com sua idade e forças. Convém dar-se às crianças alguma coisa para fazer que não somente as mantenha ocupadas, mas as interesse também. As ativas mãos e o cérebro precisam ser usados desde os mais tenros anos. Caso os pais negligenciem encaminhar as energias dos filhos para direção útil, causam-lhes grande prejuízo; pois Satanás estará pronto a encontrar algo para eles fazerem. Não se há de escolher uma atividade para eles, sendo os próprios pais os instrutores? FEC 417 2 Quando a criança está em idade própria para ser mandada à escola, o professor deve cooperar com os pais, e a educação manual deve continuar como parte dos estudos escolares. Muitos estudantes há que fazem objeções a esta espécie de trabalho nas escolas. Acham que uma proveitosa ocupação, como aprender um ofício, é degradante; esses têm incorreta noção do que constitua a verdadeira dignidade. Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que é um com o Pai e o Comandante nas cortes celestiais, foi o instrutor e guia pessoal dos filhos de Israel; e requeria-se entre eles que todo jovem aprendesse a trabalhar. Todos tinham de ser educados nalgum ramo de atividade, para que possuíssem conhecimento da vida prática e não somente se sustentassem por si mesmos, mas também fossem úteis. Esta foi a instrução que Deus deu a Seu povo. FEC 417 3 Em Sua vida na Terra, Cristo era um exemplo a toda a família humana, havendo sido obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro e trabalhou com as próprias mãos na pequena oficina de Nazaré. Vivera no meio das glórias do Céu; mas revestiu Sua divindade com a humanidade, para que pudesse comunicar-Se com os homens e alcançar corações através da avenida comum da simpatia. E, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, e trabalhou pela restauração da alma humana, adaptando-Se a Si mesmo à situação em que encontrou a humanidade. FEC 418 1 A Bíblia diz de Jesus: "E o Menino crescia, e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Ao trabalhar na infância e na juventude, a mente e o corpo se desenvolviam. Ele não usou Suas faculdades físicas descuidadamente, mas exercitou-as de molde a mantê-las sadias, a fim de poder fazer o melhor trabalho em cada setor. Não desejava ser falho, nem mesmo no manejo das ferramentas. Foi tão perfeito como operário quanto o era no caráter. Por preceito e exemplo, Cristo dignificou o trabalho útil. FEC 418 2 O tempo despendido em exercícios físicos não é perdido. O estudante que mantém constantemente os olhos sobre os livros e faz pouco exercício ao ar livre, prejudica-se a si mesmo. O exercício proporcional de todos os órgãos e faculdades do corpo é essencial para o melhor trabalho de cada um. Quando o cérebro está constantemente sobrecarregado enquanto os outros órgãos da maquinaria viva ficam inativos, há uma perda de força, tanto física como mental. O sistema físico é lesado em seu tono saudável, a mente perde seu frescor e vigor, e o resultado é uma excitabilidade mórbida. FEC 418 3 Não se obtêm os maiores benefícios de exercícios que se fazem como mero esporte ou exercícios propriamente ditos. Há algum benefício derivado da permanência ao ar livre e também do exercício dos músculos; mas seja a mesma quantidade de energia empregada no cumprimento de obrigações de auxílio, e o benefício será maior, sendo alcançado um sentimento de satisfação, pois tais exercícios levam consigo o senso da prestatividade e a aprovação da consciência pelo dever cumprido. FEC 418 4 Deve-se despertar nas crianças e jovens a ambição de se exercitarem na prática de algo que seja benéfico a eles mesmos e um auxílio a outros. O exercício que desenvolve a mente e o caráter, que ensina as mãos a serem úteis e que prepara os jovens a assumir sua parte nos encargos da vida, é o que dá força física e vivifica toda faculdade. E há uma recompensa na atividade virtuosa, no cultivo do hábito de viver para fazer o bem. FEC 419 1 Os filhos dos abastados não devem ser privados da grande bênção de ter algo para fazer que lhes promova o vigor do cérebro e dos músculos. O trabalho não é maldição, mas bênção. Deus confiou aos inocentes Adão e Eva um belo jardim para cuidar. Era uma aprazível ocupação, e nenhum trabalho que não fosse agradável teria entrado em nosso mundo, não houvesse o primeiro par transgredido os mandamentos. A ociosidade apática e a condescendência egoísta produzem inválidos; podem tornar a vida uma coisa vazia e estéril em todo o sentido. Deus não concedeu a razão aos seres humanos nem lhes coroou a vida com Sua bondade para que sejam amaldiçoados com os infalíveis resultados da ociosidade. Os abastados não devem ser privados do privilégio e benefício de ter um lugar entre os obreiros do mundo. Cumpre-lhes compreender que são responsáveis pelo emprego que fazem das possessões a eles confiadas; que suas energias, o tempo e o dinheiro devem ser sabiamente empregados, e não para fins egoístas. FEC 419 2 A religião cristã é prática. Não incapacita a pessoa para o fiel desempenho de qualquer dos importantes deveres da vida. Quando o doutor da lei perguntou a Jesus: "Que farei para herdar a vida eterna?", Jesus devolveu a pergunta ao próprio doutor da lei, dizendo: "Que está escrito na lei? Como interpretas?" "A isto ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo." Jesus lhe disse: "Respondeste corretamente; faze isto, e viverás." Lucas 10:25-28. Aqui não é delineada uma religião inativa, e, sim, uma religião que requer o enérgico emprego de todas as faculdades mentais e físicas. FEC 419 3 O devaneio indolente, a contemplação ociosa, não é religião. Deus requer que apreciemos os diversos dons que possuímos e que os multipliquemos pelo uso constante e prático. Seu povo deve ser modelo de correção em todas as relações da vida. Ele deu a cada um de nós um trabalho a fazer, de acordo com a nossa capacidade; e é nosso privilégio desfrutar Sua bênção enquanto dedicamos o vigor do corpo e da mente a sua fiel execução, tendo em vista a glória de Seu nome. FEC 420 1 A aprovação de Deus repousa com amorosa confiança sobre os filhos que tomam com satisfação sua parte nos deveres da vida doméstica, participando dos encargos do pai e da mãe. Serão recompensados com saúde do corpo e paz de espírito; e fruirão o prazer de ver os pais tomarem parte nos entretenimentos sociais e nas saudáveis recreações, prolongando assim a existência. Os filhos preparados para os deveres práticos da vida, sairão de casa para ser membros úteis da sociedade. Sua educação é muito superior à que se adquire confinado em uma sala de aulas em tenra idade, quando nem a mente nem o corpo está suficientemente forte para resistir à tensão. FEC 420 2 No lar e na escola, por preceito e por exemplo, as crianças e os jovens sejam ensinados continuamente a ser verdadeiros, desinteressados e trabalhadores. Não se lhes deve permitir passarem o tempo ociosamente; não devem ficar de braços cruzados, em inatividade. Os pais e os professores precisam trabalhar para a realização desse objetivo -- o desenvolvimento de todas as faculdades e a formação de um reto caráter. Quando, porém, os pais compreendem as responsabilidades que lhes cabem, muito menos trabalho restará ao professor na educação dos seus filhos. FEC 420 3 O Céu se interessa nesta obra em favor dos jovens. Os pais e os professores que, por meio de sábias instruções, dadas com calma e decisão, habituam as crianças a pensarem nos outros, e a deles cuidar, ajudá-las-ão a vencer o egoísmo, e cerrarão a porta a muitas tentações. Anjos de Deus cooperarão com esses fiéis instrutores. Os anjos não são incumbidos de fazer, eles próprios, esse trabalho; comunicarão, no entanto, força e eficiência aos que, no temor de Deus, procuram preparar os jovens para uma vida de utilidade. -- Special Testimonies on Education, 11 de Maio de 1896. ------------------------Capítulo 53 -- Influência educacional dos arredores FEC 421 1 Na escolha de um lar, os pais não devem ser governados meramente por considerações temporais. Isso não é em absoluto uma questão do lugar em que possam ganhar muito dinheiro, ou onde terão os arredores mais aprazíveis ou as maiores vantagens sociais. As influências que rodearão os seus filhos, impelindo-os para o bem ou para o mal, são mais importantes do que qualquer dessas considerações. Ao escolherem um lugar de residência, repousa sobre os pais a mais solene responsabilidade. Tanto quanto possível, devem colocar suas famílias no conduto de luz, onde suas afeições permaneçam puras e seu amor a Deus e de uns aos outros se mantenha ativo. O mesmo princípio se aplica à localização de nossas escolas, onde se reunirão os jovens e serão atraídas famílias por causa das vantagens educacionais. FEC 421 2 Não se devem poupar esforços no sentido de escolher locais para nossas escolas em que a atmosfera moral seja tão salutar quanto possível; pois as influências predominantes causarão profunda impressão sobre os jovens caracteres em formação. Por esta razão é melhor um local retirado. As grandes cidades, os centros de comércio e de cultura talvez pareçam apresentar algumas vantagens; mas essas vantagens são excedidas por outras considerações. FEC 421 3 A sociedade no tempo presente é corrupta, assim como foi nos dias de Noé. Deus concedeu ricos dons à longeva raça antediluviana, a apenas um passo do paraíso, e eles possuíam um vigor físico e mental de que os homens têm agora somente uma pálida idéia; as munificências divinas e a força e a habilidade que Deus lhes deu foram porém usadas para fins egoístas, para satisfazer a apetites ilícitos e para condescender com o orgulho. Eles baniram a Deus de seus pensamentos; desprezaram Sua lei; calcaram aos pés Sua norma de caráter. Regalaram-se em prazeres pecaminosos, corrompendo seus caminhos diante de Deus, e uns aos outros. A violência e o crime enchiam a Terra. Não era respeitada a relação matrimonial nem os direitos de propriedade; e os clamores dos oprimidos penetraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Contemplando o mal, os homens transformaram-se à sua imagem, até que Deus não pôde mais tolerar a sua perversidade, e eles foram destruídos pelo Dilúvio. FEC 422 1 Os jovens educados nas grandes cidades estão rodeados de influências semelhantes às que prevaleciam antes do Dilúvio. Os mesmos princípios de desconsideração a Deus e Sua lei; o mesmo amor aos prazeres, à satisfação egoísta, e ao orgulho e à vaidade, atuam no tempo presente. O mundo está entregue aos prazeres; prevalece a imoralidade; são menosprezados os direitos dos fracos e desamparados; e, por todo o mundo, as grandes cidades rapidamente se estão tornando focos de iniqüidade. FEC 422 2 O amor aos prazeres é um dos mais perigosos, porque é uma das mais sutis dentre as muitas tentações que assaltam as crianças e os jovens nas cidades. Os feriados são numerosos; os jogos e as corridas de cavalos atraem milhares de pessoas, e o turbilhão da excitação e do prazer desviam-nos dos sóbrios deveres da vida. O dinheiro que deveria ter sido economizado para melhores finalidades -- em muitos casos o escasso ordenado dos pobres -- é esbanjado em diversões. FEC 422 3 O contínuo anseio por diversões agradáveis revela os profundos anelos da alma. Mas os que bebem dessa fonte de prazer mundano verificarão que não é saciada a sede de sua alma. Eles estão enganados; confundem alegria com felicidade; e quando cessa o excitamento, muitos caem nas profundezas do desânimo e desespero. Oh! que desatino, que loucura, abandonar o "Manancial de águas vivas" pelas "cisternas rotas" do prazer mundano! Sentimos nas profundezas da alma o perigo que circunda os jovens nestes últimos dias; e não deverão os que vêm até nós em busca de uma educação, e as famílias que são atraídas para nossas escolas, ser afastados, até onde for possível, dessas influências sedutoras e desmoralizantes? FEC 422 4 Ao escolher locais afastados para nossas escolas, nem por um momento imaginamos estar colocando os jovens fora do alcance da tentação. Satanás é um trabalhador muito diligente, e não se cansa em inventar maneiras de corromper todo espírito que se abre às suas insinuações. Ele enfrenta famílias e indivíduos em seu próprio terreno, adaptando as tentações às suas inclinações e debilidades. Mas, nas grandes cidades, seu poder sobre as mentes é maior, e suas redes para enlear os pés dos incautos são mais numerosas. Devem ser providas grandes extensões de terra em conexão com nossas escolas. Há alguns estudantes que nunca aprenderam a economizar, e sempre gastaram todo centavo que puderam obter. Estes não devem ser excluídos dos meios de adquirir uma educação. Deve-se-lhes dar uma ocupação, e mesclar o estudo dos livros com o aprendizado de hábitos de operosidade e parcimônia. Aprendam a apreciar a necessidade de ajudarem a si mesmos. FEC 423 1 Deve haver trabalho para todos os alunos, quer sejam ou não capazes de pagar seu estipêndio; tanto as faculdades físicas como as mentais devem receber a devida atenção. Os alunos precisam aprender a cultivar a terra, pois isto os colocará em íntimo contato com a Natureza. FEC 423 2 Na Natureza há uma influência refinadora e suavizante que deve ser levada em consideração na escolha do local para a escola. Deus tem acatado este princípio ao preparar homens para Sua obra. Moisés passou quarenta anos nos desertos de Midiã. João Batista não foi habilitado para sua alta vocação como precursor de Cristo pela associação com os grandes homens do país, nas escolas de Jerusalém. Ele foi para o deserto, onde os costumes e as doutrinas dos homens não podiam moldar-lhe a mente, e onde pudesse manter ininterrupta comunhão com Deus. FEC 423 3 Quando os perseguidores de João, o discípulo amado, procuraram silenciar-lhe a voz e destruir sua influência entre o povo, baniram-no para a ilha de Patmos. Mas não puderam separá-lo do Divino Mestre. Na solitária ilha de Patmos João podia estudar as coisas que Deus havia criado. Nas rochas escabrosas, nas águas que circundavam a ilha, podia ver a grandeza e majestade de Deus. E enquanto comungava com Deus e estudava o livro da Natureza, ouviu uma voz a lhe falar -- a voz do Filho de Deus. Jesus foi o Mestre de João na ilha de Patmos, e Ele revelou ali a Seu servo maravilhosas coisas que ocorreriam no porvir. FEC 424 1 Deus quer que apreciemos Suas bênçãos nas obras criadas por Ele. Quantas crianças nas cidades apinhadas nem sequer possuem um pequeno gramado sobre que colocar os pés. Caso pudessem ser educadas no campo, entre a formosura, paz e pureza do mundo natural, teriam a impressão de estar bem perto do Céu. Nos lugares retirados, onde nos encontramos bem longe dos corrompidos preceitos, costumes e excitações do mundo, e bem perto do coração da Natureza, Cristo torna Sua presença real para nós e fala à nossa alma de Sua paz e amor. -- Special Testimonies on Education, 11 de Maio de 1896. ------------------------Capítulo 54 -- Importância da cultura física FEC 425 1 A cultura física é uma parte essencial de todo bem ordenado método de educação. Os jovens precisam ser ensinados a desenvolver suas forças físicas, a conservá-las no melhor estado e a torná-las de utilidade nos deveres práticos da vida. Muitos crêem que estas coisas não fazem parte do trabalho escolar; isso é, porém, um erro. As lições necessárias à habilitação para a utilidade prática devem ser ensinadas a toda criança no lar e a todo aluno nas escolas. FEC 425 2 O lugar para começar o adestramento físico é o lar, e com a criança pequena. Os pais devem lançar o fundamento de uma existência saudável e feliz. Uma das primeiras questões a serem decididas é a do alimento em suas mesas; porque este é um assunto do qual depende em grande parte o desenvolvimento dos pequeninos e a saúde da família. A habilidade no preparo dos alimentos é muito importante, e não é menos importante que o alimento seja da devida qualidade e adequada quantidade. FEC 425 3 Todos nós precisamos fazer uso de sabedoria no comer. Se é ingerido mais alimento do que pode ser digerido e assimilado, acumula-se no estômago uma massa em decomposição, que ocasiona mau hálito e um gosto desagradável na boca. As energias vitais são exauridas no esforço por eliminar os resíduos, e o cérebro é privado de energia nervosa. Menos alimento teria nutrido o organismo sem desperdiçar suas energias com excesso de trabalho. Deve-se, no entanto, prover alimento saudável em quantidade e qualidade adequadas para nutrir o organismo. Se seguirmos a regra bíblica: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus", não condescenderemos com o apetite em detrimento da saúde física, que temos o dever de conservar. FEC 425 4 Toda mãe deve fazer com que seus filhos compreendam seu próprio corpo e como cuidar dele. Deve explicar-lhes a estrutura e o uso dos músculos que nos foram dados por nosso bondoso Pai celestial. Somos feitura de Deus, e Sua Palavra declara que fomos formados "de um modo terrível e... maravilhoso". Ele preparou esta morada viva para a mente; ela é "primorosamente tecida", um templo que o próprio Senhor preparou para habitação de Seu Santo Espírito. A mente rege o homem inteiro. Todas as nossas ações, quer boas ou más, originam-se na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. No entanto muitos passam toda a vida sem instruir-se acerca do escrínio que contém esse tesouro. FEC 426 1 Todos os órgãos físicos são servos da mente, e os nervos os mensageiros que transmitem suas ordens a cada parte do corpo, dirigindo os movimentos do mecanismo vivo. O exercício é uma ajuda importante para o desenvolvimento físico. Ativa a circulação do sangue e dá tonicidade ao organismo. Se se deixa que os músculos permaneçam inativos, logo se verá que o sangue não os nutre de modo suficiente. Em vez de aumentar de tamanho e vigor, perdem sua firmeza e elasticidade e se tornam frouxos e débeis. A inatividade não é a lei que o Senhor estabeleceu no corpo humano. A operação harmoniosa de todas as partes -- cérebro, ossos e músculos -- é necessária para o completo e salutar desenvolvimento de todo o organismo. FEC 426 2 A obra de adestramento físico, iniciada no lar, deve prosseguir nas escolas. É o desígnio do Criador que o homem conheça a si mesmo; com demasiada freqüência, porém, perde-se de vista esse desígnio na perseguição do saber. Os estudantes dedicam anos a diversos ramos educacionais; absorvem-se no estudo das ciências e das coisas do mundo natural; são versados na maioria dos assuntos, mas não chegam a conhecer-se a si mesmos. Consideram o delicado organismo humano como algo que cuidará de si mesmo; e o que é essencial no mais alto sentido -- o conhecimento de seu próprio corpo -- é negligenciado. FEC 426 3 Todo estudante deve saber cuidar de si mesmo de tal maneira que conserve a saúde nas melhores condições possíveis, resistindo à debilidade e à doença; e se por qualquer causa sobrevém a enfermidade ou ocorrem acidentes, deve saber enfrentar as emergências ordinárias sem chamar o médico nem tomar suas venenosas drogas. FEC 427 1 O próprio Senhor falou sobre este assunto do cuidado do corpo. Ele diz em Sua Palavra: "Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." 1 Coríntios 3:17. Esta passagem prescreve o consciencioso cuidado do corpo e condena todo ignorante ou negligente descuido. E diz mais: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 6:19, 20; 10:31. FEC 427 2 O cuidado inteligente e consciencioso de nosso corpo é um dever para com o nosso Pai celestial, o qual "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Somos individualmente a propriedade de Cristo, Sua possessão adquirida. Requer-se que cada um de nós conserve a saúde e o vigor mediante a prática da temperança em todas as coisas. Os apetites e as paixões precisam ser dominados, para que por seu intermédio não debilitemos nem contaminemos o templo humano de Deus. FEC 427 3 Qualquer coisa que diminua as forças físicas enfraquece a mente, e torna-a menos clara para discernir entre o bem e o mal, entre o direito e o erro. Este princípio é ilustrado no caso de Nadabe e Abiú. Deu-lhes Deus sacratíssima obra a fazer, permitindo-lhes chegar perto dEle no serviço que lhes fora designado; eles, porém, tinham o hábito de beber vinho, e entraram no serviço santo do santuário com a mente confusa. Estava ali o fogo sagrado que fora aceso pelo próprio Deus; mas eles puseram fogo comum em seus incensários quando ofereceram o incenso que devia ascender como suave fragrância com as orações do povo de Deus. Visto que seu intelecto estava obscurecido por uma pecaminosa condescendência, menosprezaram a recomendação divina. "Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor." FEC 428 1 Deus proibiu o uso de vinho aos sacerdotes que ministravam em Seu santuário, e a mesma ordem teria sido dada contra o fumo, se fosse conhecido o seu uso; pois ele exerce também uma influência entorpecente sobre o cérebro. E além de obscurecer a mente, é imundo e contaminador. Resistam todos à tentação de usar vinho, fumo, alimentos cárneos, chá ou café. A experiência tem demonstrado que pode-se fazer muito melhor trabalho sem estas coisas prejudiciais. FEC 428 2 Gravem os pais e mestres profundamente no espírito dos jovens a verdade de que Cristo pagou um preço infinito por nossa redenção. Ele não omitiu coisa alguma para que pudesse reconduzir-nos à lealdade para com Deus. Deseja que recordemos nossa linhagem real e alto destino como filhos e filhas de Deus, e que tenhamos genuíno respeito por nós mesmos. Ele quer que desenvolvamos todas as nossas faculdades e que as conservemos no melhor estado possível, para poder encher-nos com Sua graça e usar-nos em Seu serviço, tornando-nos Seus colaboradores em favor da salvação de almas. FEC 428 3 É dever de cada estudante, de cada indivíduo, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para apresentar o corpo a Cristo como templo purificado, fisicamente perfeito, bem como moralmente livre de contaminação -- uma habitação adequada para a presença interior de Deus. -- Special Testimonies on Education, 11 de Maio de 1896. ------------------------Capítulo 55 -- A verdadeira educação mais elevada FEC 429 1 Deus é amor. O mal existente no mundo não provém de Suas mãos, e, sim, de nosso grande adversário, cuja obra sempre tem sido depravar o homem e debilitar e perverter-lhe as faculdades. Deus não nos deixou, porém, na ruína operada pela queda. Toda faculdade tem sido posta ao alcance por nosso Pai celestial, para que os homens, mediante esforços bem dirigidos, possam recuperar a perfeição inicial e permanecer completos em Cristo. Deus espera que façamos a nossa parte nessa obra. Somos Seus -- Sua possessão adquirida. A família humana custou um preço infinito para Deus e Seu Filho Jesus Cristo. FEC 429 2 O Redentor do mundo, o Filho unigênito de Deus, por Sua perfeita obediência à lei, por Sua vida e caráter, resgatou o que foi perdido na queda e possibilitou que o homem obedecesse à santa lei de justiça transgredida por Adão. Cristo não trocou Sua divindade pela humanidade, mas combinou a humanidade com a divindade; e na humanidade Ele viveu a lei em favor da família humana. Os pecados de todos os que recebem a Cristo foram colocados em Sua conta, e Ele satisfez plenamente a justiça de Deus. FEC 429 3 Todo o plano da redenção é expresso nestas preciosas palavras: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Cristo sofreu realmente o castigo pelos pecados do mundo, para que Sua justiça pudesse ser imputada aos pecadores, e por meio de arrependimento e fé pudessem tornar-se semelhantes a Ele em santidade de caráter. Ele declara: "Assumo a culpa pelos pecados desse homem. O castigo recaia sobre Mim, e o pecador arrependido fique inocente diante de Ti." No momento em que o pecador crê em Cristo, permanece sem condenação à vista de Deus; pois a justiça de Cristo é sua: é-lhe imputada a perfeita obediência de Cristo. Mas deve cooperar com o poder divino e envidar o seu esforço humano para dominar o pecado e ficar completo em Cristo. FEC 430 1 O resgate pago por Cristo é suficiente para a salvação de todos os homens; só será útil, porém, para os que se tornarem novas criaturas em Cristo Jesus, súditos leais do eterno reino de Deus. Seu sofrimento não protegerá contra o castigo o pecador impenitente e desleal. FEC 430 2 A obra de Cristo era restaurar o homem a seu estado original, e curá-lo, mediante o poder divino, das feridas e lesões causadas pelo pecado. A parte do homem é apoderar-se pela fé dos méritos de Cristo e cooperar com as forças divinas na formação de um caráter íntegro; de modo que Deus possa salvar o pecador e ser ao mesmo tempo justo e vindicar Sua santa lei. FEC 430 3 O preço pago por nossa redenção impõe uma grande obrigação sobre cada um de nós. É nosso dever compreender o que Deus exige de nós, e o que Ele deseja que nos tornemos. Os educadores dos jovens devem inteirar-se da obrigação que recai sobre eles e fazer o seu melhor para obliterar os defeitos, quer sejam físicos, mentais ou morais. Devem aspirar à perfeição em seu próprio caso, para que os alunos tenham um modelo correto. FEC 430 4 Os professores devem trabalhar de modo circunspecto. Os que freqüentemente estão junto com Deus em oração, têm santos anjos a seu lado. A atmosfera que circunda sua alma é pura e santa; pois se acha imbuída da santificadora influência do Espírito de Deus. Diariamente devem ser discípulos na escola de Cristo, para que sejam professores sob a direção do grande Mestre. Precisam aprender de Cristo e tornar-se um com Ele na obra de educar inteligências, antes que possam ser professores eficientes na educação mais elevada -- o conhecimento de Deus. FEC 430 5 Deus é revelado em Sua Palavra. "Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança." "E ainda: Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos O louvem. Também Isaías diz: Haverá a raiz de Jessé, Aquele que Se levanta para governar os gentios; nEle os gentios esperarão." FEC 431 1 A verdadeira educação mais elevada é o que torna os alunos familiarizados com Deus e Sua Palavra, habilitando-os para a vida eterna. Foi para colocar essa vida ao seu alcance que Cristo Se entregou a Si mesmo como sacrifício pelo pecado. Seu desígnio de amor e misericórdia é expresso em Sua oração por Seus discípulos. "Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao Céu, e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que o Filho Te glorifique a Ti; assim como Lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que Ele conceda a vida eterna a todos os que Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Todo instrutor dos jovens deve trabalhar em harmonia com esta oração, conduzindo os alunos a Cristo. FEC 431 2 Jesus prossegue, expressando Seu cuidado pelos que Lhe pertencem: "E Eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando Eu com eles no mundo, guardava-os em Teu nome. Tenho guardado aqueles que Tu Me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para Ti, e digo isto no mundo, para que tenham a Minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a Tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo." FEC 431 3 Apoderemo-nos do espírito que inspirou esta oração que ascendeu ao Céu. Cristo revela aqui quais os métodos e o poder usados por Ele para proteger Seus discípulos contra as práticas, os preceitos e as disposições mundanas: "Dei-lhes a Tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo." Suas ações, suas palavras, seu espírito não estão em harmonia com o mundo, "assim como Eu não sou do mundo". E o Salvador acrescenta: "Não peço que os tires do mundo; e, sim, que os guardes do mal." As crianças e os jovens devem receber uma educação segundo as normas indicadas por Cristo, para que sejam separados do mundo. FEC 432 1 "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." A Palavra de Deus deve tornar-se o grande poder educador. Como os estudantes conhecerão a verdade, a não ser por atento, diligente e perseverante estudo da Palavra? Eis aqui o grande estímulo, a força oculta que aviva as faculdades mentais e físicas, dirigindo a vida na direção certa. Na Palavra há sabedoria, poesia, história, biografia e a mais profunda filosofia. Eis aqui um estudo que estimula a mente para uma vigorosa vida salutar, despertando-a para a atividade mais elevada. É impossível estudar a Bíblia com espírito humilde e dócil, sem desenvolver e fortalecer o intelecto. Os que melhor se acham familiarizados com a sabedoria e o propósito de Deus da maneira como foram revelados em Sua Palavra, tornam-se homens e mulheres de vigor mental; e podem tornar-se obreiros eficientes com o grande Educador, Jesus Cristo. FEC 432 2 "Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo." Há um trabalho a ser feito pelo mundo, e Cristo envia Seus mensageiros, os quais devem ser Seus colaboradores. Cristo deu a Seu povo as palavras da verdade, e todos são convidados a desempenhar uma parte em torná-las conhecidas ao mundo. FEC 432 3 "E a favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade." Talvez os professores suponham que podem ensinar em sua própria sabedoria, retendo suas imperfeições humanas; mas Cristo, o divino Mestre, cuja obra é restituir ao homem o que foi perdido mediante a queda, santificava-Se a Si mesmo para o Seu trabalho. A Si mesmo Se ofereceu a Deus como sacrifício pelo pecado, dando Sua vida pela vida do mundo. Queria que aqueles pelos quais pagou semelhante resgate fossem santificados "na verdade", e deu-lhes um exemplo. O Mestre é o que Ele deseja que se tornem os Seus discípulos. Não há santificação à parte da verdade -- a Palavra. Quão essencial, portanto, que ela seja compreendida por todos! FEC 433 1 A oração de Cristo abrange mais do que os que eram então Seus discípulos; inclui todos quantos haveriam de recebê-Lo pela fé. Ele declara: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que Me tens dado, para que sejam um, como Nós o somos; Eu neles e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste, e os amaste como também amaste a Mim." FEC 433 2 Maravilhosas, maravilhosas palavras quase fora do alcance da compreensão! Entenderão isto os professores de nossas escolas? Adotarão a Palavra de Deus como guia que pode torná-los sábios para a salvação? Este Livro é a voz de Deus falando a nós. A Bíblia nos revela as palavras da vida, pois nos torna familiarizados com Cristo que é nossa vida. Para ter verdadeira e inabalável fé em Cristo, precisamos conhecê-Lo assim como é representado na Palavra. A fé é confiante. Não é uma questão de caprichos e estremecimentos, de acordo com o impulso e a emoção do momento; mas é um princípio que se baseia em Jesus Cristo. E a fé precisa ser mantida em constante exercício por meio de diligente e perseverante estudo da Palavra. Esta última torna-se assim uma força atuante, e somos santificados na verdade. FEC 433 3 O Espírito Santo nos foi dado como auxílio no estudo da Palavra. Jesus promete: "O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." Os que se acham sob a direção do Espírito Santo serão capazes de ensinar a Palavra inteligentemente. Quando se faz da Bíblia o livro de estudo, com fervorosa súplica pela orientação do Espírito e com total entrega do coração para ser santificado pela verdade, tudo quanto Cristo prometeu se cumprirá. O resultado de semelhante estudo da Bíblia será uma mente bem equilibrada, pois as faculdades físicas, mentais e morais serão desenvolvidas harmoniosamente. Não haverá paralisação no conhecimento espiritual. Avivar-se-á a compreensão, serão despertadas as sensibilidades; a consciência tornar-se-á sensível; as simpatias e sentimentos se purificarão; criar-se-á melhor atmosfera moral; e será comunicado novo poder para resistir à tentação. E todos, tanto professores como alunos, tornar-se-ão ativos e diligentes na obra de Deus. FEC 434 1 Há, por parte de muitos professores, a tendência de não serem cabais na educação religiosa. Contentam-se, eles próprios, com um serviço feito com coração dividido, servindo ao Senhor apenas para escapar ao castigo do pecado. Essa negligência afeta-lhes o ensino. Não têm ansiedade de verem os alunos adquirirem a experiência que não desejam para si mesmos. O que lhes foi dado como uma bênção tem sido posto de lado como elemento perigoso. As oferecidas visitas do Espírito Santo, são recebidas com as palavras de Félix a Paulo: "Por agora vai-te, e em tendo oportunidade te chamarei." Desejam outras bênçãos; mas aquilo que Deus está mais desejoso de dar do que um pai deseja oferecer boas dádivas a seus filhos; o Espírito Santo, que é abundantemente oferecido, segundo as ilimitadas riquezas de Deus, e que, se recebido, traria consigo todas as outras bênçãos -- que palavras empregarei eu que sejam suficientes para exprimir o que tem sido feito com referência a isso? O Mensageiro celestial tem sido repelido por vontade resoluta. "Até aqui irás com os meus alunos, mas não mais adiante. Não necessitamos de entusiasmo em nossa escola, nem de animação. Estamos mais satisfeitos de trabalhar nós mesmos com os estudantes." Assim se tem desprezado o bom Mensageiro de Deus, o Espírito Santo. FEC 434 2 Não estão os professores de nossas escolas em risco de blasfêmia, de acusar o Santo Espírito de Deus de ser um poder enganador, conducente ao fanatismo? Onde estão os educadores que preferem a neve do Líbano, que vem da rocha do campo, ou as frescas e fluentes águas vindas de outro lugar, às águas sombrias do vale? Uma sucessão de chuvas de águas vivas vos têm sobrevindo, a vós, em Battle Creek. Cada chuveiro era uma sagrada comunicação de influência divina; não o reconhecestes como tal, no entanto. Em vez de sorver copiosamente das correntes da salvação, tão abundantemente oferecida mediante a influência do Espírito Santo, volvestes-vos aos escoadouros comuns a satisfazer a sede da alma nas poluídas fontes da ciência humana. O resultado tem sido corações endurecidos na escola e na igreja. Os que se satisfazem com uma pequenina espiritualidade, têm ido ao ponto de quase se incapacitar para apreciar as profundas operações do Espírito de Deus. Espero, porém, que os professores não tenham ainda transposto o limite em que são entregues à dureza de coração e à cegueira mental. Se forem novamente visitados pelo Espírito Santo, espero que não chamem pecado à justiça, e justiça ao pecado. FEC 435 1 Há necessidade de conversão do coração entre os professores. Requer-se genuína mudança de idéias e métodos de ensino, a fim de colocá-los onde mantenham relações pessoais com um Salvador vivo. Uma coisa é assentir com a obra do Espírito na conversão, e outra o aceitar a instrumentalidade desse Espírito como reprovador, a chamar ao arrependimento. É necessário que tanto os professores como os alunos, não somente concordem com a verdade, mas tenham profundo conhecimento prático das operações do Espírito. Suas advertências são dadas por causa da incredulidade dos que professam ser cristãos. Deus Se aproximará dos alunos porque são desencaminhados pelos educadores nos quais depositam confiança; tanto os professores como os alunos precisam, porém, ser capazes de reconhecer a voz do Pastor. FEC 435 2 Vós, que há muito perdestes o espírito de oração, orai, orai fervorosamente: "Tem piedade de Tua sofredora causa, piedade da igreja; tem piedade dos crentes individualmente, ó Tu, Pai das misericórdias! Tira de nós tudo quanto contamina. Nega-nos o que quiseres, mas não retires de nós o Teu Santo Espírito." FEC 435 3 Existem, e sempre existirão pessoas que não agem com sabedoria; pessoas que, sendo proferidas palavras de dúvida ou incredulidade, renunciam à convicção, preferindo seguir a própria vontade; e por causa das deficiências de tais pessoas, Cristo tem sido vituperado. Pobres e finitos mortais têm julgado o rico e precioso derramamento do Espírito, exprimindo seu juízo a esse respeito, como os judeus condenaram a obra de Cristo. Compreenda-se, em todas as instituições da América, que não vos é cometido o dirigir a obra do Espírito Santo, e dizer de que maneira ela se apresentará. Sois culpados de havê-lo feito. Que o Senhor vos perdoe, é a minha oração. Em lugar de ser reprimido e afugentado, como tem sido, o Espírito Santo deve ser bem acolhido, e Sua presença animada. Quando vos santificardes mediante a obediência da Palavra, o Espírito Santo vos dará vislumbres das coisas celestiais. Quando buscardes a Deus com humilhação e fervor, as palavras que tendes proferido em tons congelantes, arderão em vosso coração; a verdade não enlanguescerá então em vossa língua. FEC 436 1 O interesse eterno deve ser o grande assunto dos professores e alunos. É necessário prevenir-se estritamente contra a conformidade com o mundo. Os professores precisam ser santificados pela verdade, e a coisa de maior importância deve ser a conversão de seus alunos, para que tenham novo coração e vida. O objetivo do Grande Mestre é a restauração da imagem de Deus na alma, e todo professor em nossas escolas deve trabalhar em harmonia com este propósito. FEC 436 2 Professores, confiai em Deus e avançai. "A Minha graça te basta", é a afirmação do Grande Mestre. Apoderai-vos da inspiração dessas palavras, e nunca, nunca faleis de dúvida e incredulidade. Sede enérgicos. Não há serviço pela metade na religião pura e sem mácula. "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força." A mais altamente santificada ambição se exige da parte dos que acreditam na Palavra de Deus. FEC 436 3 Professores, dizei a vossos alunos que o Senhor Jesus Cristo tomou todas as providências para que eles marchem avante vitoriosos, e para vencer. Levai-os a confiar na divina promessa: "Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida [fala com fé num momento e age com descrença no outro] é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos." FEC 437 1 De Deus, a fonte da sabedoria, procede todo conhecimento valioso para o homem, tudo quanto a inteligência pode apreender e conservar. O fruto da árvore que representa o bem e o mal não deve ser ansiosamente apanhado pela recomendação de alguém que foi outrora um anjo de luz e glória. Ele disse que, se o homem comer desse fruto, saberá o bem e o mal; deixai-o de lado, porém. O verdadeiro conhecimento não provém de homens infiéis ou ímpios. A Palavra de Deus é luz e verdade. A verdadeira luz irradia de Jesus Cristo, que "alumia a todo homem que vem ao mundo". Do Espírito Santo procede conhecimento divino. Ele sabe o que a humanidade necessita para promover paz, felicidade e sossego aqui no mundo, e para assegurar o descanso eterno no reino de Deus. FEC 437 2 "Eu, Jesus, enviei o Meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a brilhante estrela da manhã. O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida." -- Special Testimonies on Education, 12 de Junho de 1896. ------------------------Capítulo 56 -- O exemplo de Cristo em contraste com o formalismo FEC 438 1 Do Senhor Jesus Cristo em Sua juventude, é dado o testemunho divino: "E o Menino crescia, e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Após a visita a Jerusalém em Sua meninice, Ele retornou com Seus pais, "e desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. ... E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens". FEC 438 2 Nos dias de Cristo, os educadores dos jovens eram formalistas. Durante Seu ministério, Jesus declarou para os rabis: "Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus." E acusou-os de ensinarem "doutrinas que são mandamentos de homens". A tradição era frisada, amplificada e reverenciada muito acima das Escrituras. As afirmações dos homens e uma interminável sucessão de cerimônias ocupavam tão grande parte da vida dos estudantes, que era negligenciada a educação que transmite o conhecimento de Deus. Os grandes mestres discorriam longamente sobre pequenas coisas, especificando todo pormenor a ser observado nas cerimônias religiosas e fazendo de sua observância uma questão de suprema obrigação. Eles dizimavam "a hortelã, o endro e o cominho", ao passo que desprezavam "o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé". Assim era introduzido um acervo de entulho que encobria à vista dos jovens os grandes pontos essenciais do serviço de Deus. FEC 438 3 No sistema educacional não havia lugar para a experiência pessoal em que a alma aprende por si mesma o poder de um "Assim diz o Senhor" e obtém aquela confiança na Palavra divina que unicamente pode produzir paz e poder com Deus. Ocupados com essa rotina de formas, os alunos dessas escolas não encontravam horas tranqüilas para manter comunhão com Deus e ouvir-Lhe a voz falando ao coração. O que os rabis consideravam educação superior era em realidade o maior empecilho à verdadeira educação. Opunha-se a todo desenvolvimento real. Sob a sua disciplina, eram reprimidas as faculdades dos jovens e seu intelecto era tolhido e apoucado. FEC 439 1 Os irmãos e as irmãs de Jesus aprenderam as numerosas tradições e cerimônias dos rabis, mas o próprio Cristo não podia ser induzido a interessar-Se nessas questões. Posto que ouvisse em toda a parte as reiteradas palavras: "Deves" e "Não deves", agia independentemente dessas restrições. Os reclamos da sociedade e os reclamos de Deus sempre estavam em conflito; e conquanto em Sua juventude não fizesse ataques diretos aos costumes ou preceitos dos doutos mestres, não Se tornou aluno em suas escolas. FEC 439 2 Jesus não seguiria costumes que requeressem que Se desviasse da vontade de Deus, nem Se colocaria sob a instrução dos que exaltavam as palavras dos homens acima da Palavra de Deus. Excluía da mente todos os sentimentos e formalidades que não tinham a Deus como seu fundamento. Não Se deixaria influenciar por essas coisas. Ensinava, portanto, que é melhor evitar o mal, do que procurar corrigi-lo depois de se haver firmado na mente. E Jesus, por Seu exemplo, não levaria outros a colocar-se onde seriam corrompidos. Tampouco Se poria desnecessariamente numa posição em que entrasse em conflito com os rabis, a qual em anos posteriores poderia redundar no enfraquecimento de Sua influência sobre o povo. Pelas mesmas razões, não podia ser induzido a observar as formas destituídas de sentido ou repetir os preceitos que mais tarde, em Seu ministério, condenou tão decididamente. FEC 439 3 Embora Jesus fosse submisso a Seus pais, começou em mui tenra idade a agir por Si mesmo na formação de Seu caráter. Se bem que Sua mãe fosse Seu primeiro professor humano, Ele estava constantemente recebendo uma educação de Seu Pai no Céu. Em vez de estudar atentamente o conjunto de conhecimentos eruditos transmitidos de um século a outro pelos rabis, Jesus, sob a direção do Divino Mestre, estudava as palavras de Deus, puras e imaculadas, e também o grande livro da Natureza. As palavras "Assim diz o Senhor" sempre se achavam em Seus lábios, e "Está escrito" era Sua explicação para todo ato que diferia dos costumes da família. Ele introduzia uma atmosfera mais pura na vida doméstica. Conquanto não Se colocasse sob a instrução dos rabis tornando-Se um aluno em suas escolas, era muitas vezes posto em contato com eles, e as perguntas que fazia, como se fosse um discípulo, embaraçavam os sábios; pois suas práticas não se harmonizavam com as Escrituras, e não tinham a sabedoria que provém de Deus. Até mesmo para os que não se contentavam com a Sua intransigência com os costumes populares, Sua educação parecia ser de um tipo mais elevado do que a deles próprios. FEC 440 1 A vida de Jesus tornava evidente que muito esperava, e muito empreendia, portanto. Desde a própria infância, Ele era a verdadeira luz a brilhar entre as trevas morais do mundo. Revelava-Se a Si mesmo como a verdade e o guia dos homens. Suas concepções da verdade e Seu poder para resistir à tentação eram proporcionais a Sua conformidade com essa Palavra que Ele mesmo inspirara santos homens a escrever. Comunhão com Deus, completa entrega da alma a Ele, ao cumprir Sua Palavra sem levar em conta a falsa educação ou os costumes e as tradições de Seu tempo, assinalavam a vida de Jesus. FEC 440 2 Estar sempre em ruidosa atividade, procurando por algum desempenho exterior mostrar sua piedade superior, era, na opinião dos rabis, a essência da religião; posto que, ao mesmo tempo, por sua constante desobediência à Palavra de Deus, pervertiam o caminho do Senhor. Mas a educação que se baseia em Deus levará os homens a buscá-Lo, "se, porventura, tateando O possam achar". O Infinito não é, e nunca será, restringido por organizações e planos humanos. Toda alma precisa ter uma experiência pessoal em adquirir conhecimento da vontade e dos caminhos de Deus. Em todos os que se acham sob a disciplina de Deus deve ser revelada uma vida que não está em harmonia com o mundo; com seus costumes, práticas ou experiências. Por meio do estudo das Escrituras, por meio de fervorosa oração, podem ouvir Sua mensagem para eles: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." Quando todas as outras vozes silenciam, quando são postos de lado todos os interesses terrenos, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Assim se pode encontrar descanso nEle. Deus é a paz, a alegria e a vida da alma. FEC 441 1 Quando a criança procura chegar mais perto de seu pai do que de qualquer outra pessoa, demonstra seu amor, sua fé, sua perfeita confiança. E na sabedoria e força do pai, a criança descansa em segurança. O mesmo sucede com os filhos de Deus. O Senhor nos ordena: "Olhai para Mim, e sede salvos." "Vinde a Mim..., e Eu vos aliviarei", "Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida". FEC 441 2 "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Porque será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar fruto." -- Special Testimonies on Education, 27 de Agosto de 1896. ------------------------Capítulo 57 -- Um exemplo divino FEC 442 1 Desde os tempos mais remotos, deram os fiéis de Israel muita atenção ao assunto da educação. O Senhor havia indicado que desde a primeira infância, devia-se ensinar às crianças acerca de Sua bondade e grandeza, especialmente como é revelada em Sua lei e na história de Israel. Mediante o canto, a oração e as lições derivadas das Escrituras e adaptadas à desabrochante inteligência, tinham os pais e as mães que ensinar aos filhos que a lei de Deus é uma expressão de Seu caráter e que, à medida que recebessem no coração os princípios dessa lei, delinear-se-ia na mente e na alma a imagem de Deus. Tanto na escola como no lar, grande parte do ensino era oral; mas os jovens também aprendiam a ler os escritos hebreus; e os rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento se abriam a seu estudo. FEC 442 2 Nos dias de Cristo, a instrução religiosa dos jovens era considerada tão importante que a vila ou cidade que não provesse escolas com essa finalidade, era encarada como estando sob a maldição de Deus. Contudo, tanto na escola como no lar, o ensino tornara-se mecânico e formal. Visto que, "em todas as coisas", convinha que "fosse semelhante aos irmãos" (Hebreus 2:17), e Jesus obteve conhecimento como nós podemos fazê-lo, a íntima familiaridade com as Escrituras que Ele evidenciou em Seu ministério, testifica da diligência com que, em Seus primeiros anos, Ele Se entregou ao estudo da Palavra sagrada. FEC 442 3 E diariamente obtinha conhecimento da grande biblioteca da Natureza animada e inanimada. Aquele que criara todas as coisas, era agora um filho da humanidade, e estudava as lições que Sua própria mão havia escrito na Terra, no mar e no firmamento. As parábolas por meio das quais, durante Seu ministério, gostava de ensinar Suas lições de verdade, demonstram quão aberto estava o Seu espírito às influências da Natureza e como, em Sua juventude, Se deleitara em recolher o ensino espiritual daquilo que rodeava Sua vida cotidiana. Para Jesus, o significado do mundo e das obras de Deus desdobrava-se gradualmente à medida que procurava compreender a razão das coisas, como qualquer jovem pode procurar fazê-lo. A cultura de santos pensamentos e conversações era-Lhe peculiar. Todas as janelas de Sua alma estavam abertas para o Sol, e à luz do Céu Sua natureza espiritual se fortalecia e Sua vida manifestava a sabedoria e a graça de Deus. FEC 443 1 Toda criança pode obter conhecimento das obras da Natureza e das páginas da santa Palavra de Deus, como o fez Jesus. À medida que procurarmos familiarizar-nos com nosso Pai celestial por meio de Sua Palavra, os anjos se aproximarão de nós, nossa mente se fortalecerá, nosso caráter se elevará e se refinará, e tornar-nos-emos mais semelhantes a nosso Salvador. Ao contemplarmos o que é belo e grandioso na Natureza, nossas afeições se dirigirão a Deus; enquanto o espírito se enche de reverência, a alma é avigorada ao pôr-se em contato com o Infinito por meio de Suas obras. A comunhão com Deus através da oração desenvolve as faculdades mentais e morais, e as energias espirituais se fortalecem ao cultivarmos pensamentos de caráter espiritual. FEC 443 2 A vida de Jesus estava em harmonia com Deus. Enquanto criança, pensava e falava como criança; mas nenhum traço de pecado desfigurava nEle a imagem divina. Desde os primeiros albores da inteligência, cresceu continuamente em graça celestial e conhecimento da verdade. -- Special Testimonies on Education, 1896. ------------------------Capítulo 58 -- A Bíblia, o livro mais importante para a educação em nossas escolas FEC 444 1 A Bíblia é a revelação de Deus a nosso mundo, expondo-nos o caráter que precisamos ter para alcançar o paraíso de Deus. Devemos considerá-la como a exposição de Deus a nós de coisas eternas -- de coisas de suma importância para o nosso conhecimento. Ela é posta de lado pelo mundo, como se houvesse terminado o seu manuseio, mas mil anos de pesquisas não esgotariam o tesouro oculto nela contido. Só a eternidade revelará a sabedoria deste Livro. As jóias que nela se acham escondidas são inexauríveis, pois é a sabedoria de uma Mente infinita. FEC 444 2 Em nenhum período de tempo o homem aprendeu tudo o que pode ser aprendido da Palavra de Deus. Ainda há novos aspectos da verdade a serem divisados, e muito a ser compreendido sobre o caráter e os atributos de Deus -- Sua benignidade, Sua misericórdia, Sua longanimidade, Seu exemplo de perfeita obediência. "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Este é um valiosíssimo estudo que estimula o intelecto e fortalece a capacidade mental. Depois de examinar diligentemente a Palavra, são descobertos tesouros escondidos, e o amante da verdade exclama em tom triunfal: "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória." "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens." FEC 444 3 A Bíblia, sendo plenamente aceita e estudada como a voz de Deus, declara à família humana como atingir as moradas de felicidade eterna e obter os tesouros do Céu. "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." Somos, então, tão obtusos que não podemos compreendê-la? Cultivaremos profunda avidez pelas produções de sábios autores e desprezaremos a Palavra de Deus? É este grande anseio por alguma coisa que eles nunca deveriam almejar, que leva os homens a substituir a sabedoria por aquilo que não pode torná-los sábios para a salvação. FEC 445 1 "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da Sua majestade, pois Ele recebeu da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa Lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo. Ora, esta voz, vinda do Céu, nós a ouvimos quando estávamos com Ele no monte santo. Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo." "Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança." "Medita estas coisas, e nelas sê diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto." "Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva, seca-se a erva, e cai a sua flor; a Palavra do Senhor, porém, permanece eternamente." FEC 445 2 É pelo estudo da Bíblia que a mente é fortalecida, refinada e elevada. Se não houvesse outro livro no vasto mundo, a Palavra de Deus, posta em prática pela graça de Cristo, tornaria o homem perfeito neste mundo, com um caráter habilitado para a futura vida imortal. Os que estudam a Palavra, aceitando-a pela fé como a verdade, e introduzindo-a no caráter, serão completos nAquele que é tudo em todos. Graças a Deus pelas possibilidades colocadas diante da humanidade. Mas o estudo de numerosos autores diferentes confunde e fatiga a mente, e exerce danosa influência sobre a vida religiosa. Na Bíblia são distintamente especificados os deveres do homem para com Deus e para com os semelhantes; mas, como podem ser cumpridas essas condições sem o estudo da Palavra? Precisamos ter conhecimento de Deus, pois "a vida eterna é esta", disse Cristo, "que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". FEC 446 1 Não sejam consideradas como verdade as afirmações de homem algum, quando são contrárias à Palavra de Deus. O Senhor Deus, o Criador dos céus e da Terra, a Fonte de toda ciência, tem a primazia. Mas os supostos grandes autores, que dão a nossas escolas seus compêndios para o estudo, são aceitos e glorificados, mesmo que não tenham vital conexão com Deus. Por meio de tal estudo o homem tem sido desviado de Deus para veredas proibidas; inteligências têm sido afadigadas até à morte mediante desnecessário trabalho em procurar obter o que é para eles como o conhecimento que Adão e Eva obtiveram desobedecendo a Deus. Se Adão e Eva jamais houvessem tocado na árvore do conhecimento, teriam estado numa posição em que o Senhor poderia transmitir-lhes o conhecimento de Sua Palavra, o qual não precisaria ser deixado para trás com as coisas deste mundo, mas poderia ser levado por eles para o paraíso de Deus. Hoje em dia, os rapazes e as moças levam anos a adquirir uma educação que é como lenha e restolho, a serem consumidos na última e grande conflagração. Muitos gastam anos de sua vida no estudo de livros, obtendo uma educação que perecerá com eles. A tal educação Deus não dá nenhum valor. Essa pretensa sabedoria obtida do estudo de diversos autores tem eliminado e diminuído o brilho e o valor da Palavra de Deus. Muitos estudantes deixam a escola impossibilitados de receber a Palavra de Deus com a reverência e o respeito que lhe rendiam antes de ali terem entrado. Sua fé foi eclipsada, no esforço de distinguir-se nos vários estudos. A Bíblia não foi considerada, em sua educação, assunto vital, mas livros impregnados de ateísmo e propagadores de teorias errôneas foram postos diante deles. FEC 447 1 Não há nada tão enobrecedor e revigorante como o estudo dos grandes assuntos concernentes à nossa vida eterna. Procurem os estudantes compreender essas verdades dadas por Deus; procurem avaliar essas coisas preciosas, e sua mente se expandirá e se fortalecerá com o esforço. Mas a mente abarrotada com um acúmulo de matérias que nunca chegará a usar, é apoucada e enfraquecida, porque só se ocupa em lidar com coisas comuns. Não se tem aplicado à tarefa de considerar as sublimes e elevadas revelações provenientes de Deus. FEC 447 2 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." À medida que a mente for chamada a considerar estes grandes temas, erguer-se-á cada vez mais alto na compreensão desses assuntos de importância eterna, deixando cair como peso morto as questões mais vulgares e insignificantes. FEC 447 3 Todas as matérias desnecessárias devem ser extirpadas dos cursos de estudo, e oferecidos ao aluno unicamente os estudos que lhe forem de real valor. Com esses, apenas, precisa ele se familiarizar, para que consiga obter a vida que se compara com a vida de Deus. E à medida que aprende estas coisas, sua mente se fortalecerá e se expandirá como a mente de Cristo e a de João Batista. Que tornou grande a João Batista? -- Ele cerrou a mente ao acervo de tradições apresentadas pelos mestres da nação judaica, abrindo-a à sabedoria que vem do alto. Antes de João nascer, o Espírito Santo testificou a seu respeito: "Será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte, será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus. E irá adiante dEle no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado." Em sua profecia, disse Zacarias com referência a João: "Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor, preparando-Lhe os caminhos, para dar ao Seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados; graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o Sol nascente das alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz. O menino crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a Israel." FEC 448 1 Simeão disse a respeito de Cristo: "Agora, Senhor, despedes em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra; porque os meus olhos já viram a Tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do Teu povo de Israel." "E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens." Jesus e João eram apresentados pelos educadores daquele tempo como ignorantes, porque não tinham estudado sob a sua direção. O Deus do Céu, porém, era seu professor, e todos quantos os ouviam ficavam maravilhados com o seu conhecimento das Escrituras, embora nunca tivessem aprendido. Deles, na verdade, não o haviam feito; mas aprenderam de Deus a mais elevada espécie de sabedoria. FEC 448 2 O critério dos homens, mesmo o de professores, pode estar muito afastado do alvo quanto ao que constitui a verdadeira educação. Os mestres nos dias de Cristo não educavam os jovens no correto conhecimento das Escrituras, que está na base de toda educação merecedora desse nome. Cristo declarou aos fariseus: "Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus", "ensinando doutrinas que são mandamentos de homens." E orou pelos Seus discípulos: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. E a favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade." FEC 449 1 "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." "Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá." Foi Satanás bem-sucedido em remover a santidade do dia assim distinguido acima de todos os outros? Ele foi bem-sucedido em colocar outro dia em seu lugar, mas jamais poderá tirar do sábado a bênção do Senhor. "Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações." Que pode ser mais positivo e claro do que estas palavras? Acaso Deus mudou? Ele permanecerá o mesmo através de toda a eternidade, mas os homens "buscaram muitas invenções". FEC 449 2 A Bíblia está repleta de conhecimento, e todos quantos se põem a estudá-la com o desejo de compreendê-la, verificarão que a mente se expande e as faculdades são fortalecidas para entender essas preciosas verdades de grande alcance. O Espírito Santo as inculcará na mente e na alma. Mas os que dão instrução aos jovens precisam primeiro tornar-se estultos para que possam ser sábios. Se desprezam um claro "Assim diz o Senhor" e colhem da árvore do conhecimento o que Deus proibiu que tivessem, isto é: o conhecimento da desobediência, sua transgressão faz com que caiam em condenação e pecado. Exaltaremos tais homens por seu grande conhecimento? Sentar-nos-emos aos pés dos que desprezam as verdades que santificam a alma? "Tão certo como Eu vivo, diz o Senhor Deus, com mão poderosa, com braço estendido e derramado furor, hei de reinar sobre vós." Por que os educadores da atualidade não atendem a essas advertências? Por que tropeçam sem saber contra o que estão tropeçando? É porque Satanás cegou-lhes os olhos, e a pedra de tropeço de sua iniquidade é colocada diante dos outros por seu preceito e exemplo. Assim outros olhos são cegados, e os que deveriam andar na luz estão andando em trevas, pois não olham firmemente para Jesus, a Luz do mundo. FEC 450 1 Grande luz foi concedida aos reformadores; muitos deles, porém, aceitaram os sofismas do erro pela má interpretação das Escrituras. Estes erros foram transmitidos através dos séculos, mas embora sejam muito antigos, não têm a apoiá-los um "Assim diz o Senhor". Pois o Senhor declarou: "Não alterarei o que saiu dos Meus lábios." Em Sua grande misericórdia, o Senhor permitiu que nestes últimos dias brilhasse ainda maior luz. Enviou-nos Sua mensagem, revelando Sua lei e mostrando-nos o que é verdade. FEC 450 2 Cristo é a fonte de todo conhecimento. NEle centralizam-se as nossas esperanças de vida eterna. Ele é o maior mestre que o mundo já conheceu, e se quisermos ampliar a mente das crianças e dos jovens, e induzi-los, se possível, a ter amor à Bíblia, devemos firmar-lhes a mente na verdade clara e simples, extraindo o que tem estado coberto pelo entulho da tradição, e pondo à mostra as preciosas gemas. Incentivai-os a perscrutar estes assuntos, e o esforço despendido será uma disciplina inestimável. A revelação de Deus, segundo é apresentado em Jesus Cristo, provê um grandioso assunto para meditação, o qual, se for estudado, aguçará a mente, e elevará e enobrecerá as faculdades. À medida que o instrumento humano aprender estas lições na escola de Cristo, procurando tornar-se como Ele era, manso e humilde de coração, aprenderá a mais proveitosa de todas as lições: que o intelecto só é supremo quando santificado por viva conexão com Deus. FEC 450 3 A advertência e a instrução dadas na Palavra de Deus com referência aos falsos pastores, devem ter alguma influência sobre os professores e alunos em nossas escolas. Deve-se aconselhar os alunos a não tomar tais pastores como autoridade suprema. Que necessidade há para os estudantes rematarem sua educação indo a Ann Arbor a fim de receber o último retoque? Isso se tem demonstrado para muitos o último retoque no que diz respeito à espiritualidade e a crença na verdade. É uma disciplina desnecessária, abrindo a mente à semeadura do joio entre o trigo; e não apraz a nosso Grande Mestre que se glorifique assim a professores que não têm ouvidos para ouvir nem entendimento para compreender um claro "Assim diz o Senhor". Honrando deste modo os que educam diretamente em direção oposta à verdade, não deparamos com a aprovação de Deus. Deixemos que as palavras do Senhor, proferidas ao mundo por intermédio do profeta Isaías, tenham influência sobre nós. "Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos." "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." "O homem para quem olharei", diz o Senhor, "é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." Os humildes, que buscam o Senhor, têm sabedoria para a vida eterna. FEC 451 1 A maior sabedoria, e a mais essencial, é o conhecimento de Deus. O próprio eu se reduz a uma insignificância quando contempla a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A Bíblia precisa tornar-se o fundamento de todo o estudo. Individualmente precisamos aprender deste livro que Deus nos deu, a condição para a salvação de nossa alma, pois é o único livro que nos diz o que devemos fazer para ser salvos. Não somente isto, mas dela também se pode obter vigor intelectual. Os muitos livros que se imagina serem abrangidos pela educação, são desorientadores, um engano e uma ilusão. "Que tem a palha com o trigo?" Satanás está agora incitando a mente dos homens para fornecer ao mundo literatura de natureza inferior e superficial, com a qual ele fascina a mente, prendendo-a numa rede de sua invenção. Depois de ler estes livros, a mente vive num mundo irreal, e a vida, tanto quanto se refere à utilidade, é tão estéril como uma árvore infrutífera. O cérebro é inebriado, tornando impossível a compreensão das realidades eternas, as quais são essenciais para o presente e o futuro. A mente educada a se alimentar com refugo é incapaz de discernir na Palavra de Deus as belezas que se encontram ali. Perde-se o amor a Jesus e a inclinação para a justiça, pois a mente é constituída por aquilo de que se alimenta. Nutrindo a mente com excitantes histórias de ficção, o homem está trazendo para o fundamento "madeira, feno, palha". Ele perde todo o gosto pelo guia divino e não se interessa em estudar o caráter que precisa formar para viver com a hoste de remidos e habitar nas mansões que Cristo foi preparar. FEC 452 1 Deus concedeu-nos bondosamente um tempo de graça em que podemos preparar-nos para a prova que nos sobrevirá. Todo benefício nos é outorgado pela mediação de Cristo. Se o instrumento humano estudar a Palavra, notará que foi provida gratuitamente toda facilidade para os que procuram ser vencedores. O Espírito Santo está presente a fim de conceder forças para a vitória, e Cristo prometeu: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." -- Special Testimonies on Education, 1896. ------------------------Capítulo 59 -- Correta disciplina colegial FEC 454 1 Tínhamos alguns alunos insubordinados na escola de _____, os quais estavam resolvidos a desrespeitar as instruções oriundas da Palavra de Deus e trair sagrados depósitos por seu modo de ação. O Senhor olhou do Céu para eles e contemplou suas práticas enganosas e a falsa contestação de suas ações. Labutou-se fielmente em seu favor; mas estavam muito perto da cidade, e surgiam constantemente novas tentações. Eles deixaram de ser fiéis e leais à santa lei de Deus. Transgrediram os Seus mandamentos. Ficaram embevecidos, e revelaram que, como estudantes, não possuíam integridade moral para ser sinceros. Parecia estar em atividade uma força satânica para desanimar os professores e desmoralizar a escola. Alguns que atuavam como professores não exerciam uma influência correta. Quando toda a influência deveria ter sido colocada do lado da disciplina e da ordem, tais professores, embora conhecessem todas as tribulações que os alunos desordeiros estavam trazendo para o diretor e seus colaboradores, que se achavam sobrecarregados e abatidos, e que buscavam fervorosamente ao Senhor, manifestavam simpatia pelos que serviam ao inimigo com o máximo ardor. Os alunos -- os delinqüentes -- sabiam isso. Alguns criaram coragem para enfrentar seu errôneo modo de ação até que lhes foi apresentado tão vigorosamente que reconheceram haver desobedecido aos regulamentos da escola e procurado então ocultar-se sob o disfarce da falsidade. FEC 454 2 O corpo docente efetuou deliberações sigilosas a fim de considerar o que se deveria fazer. Havia uma voz nessas deliberações que procurava frustrar os planos apresentados para manter a disciplina e a ordem. Por meio dessa voz condoída insinuaram-se aos estudantes palavras indiscretas com referência às questões debatidas no conselho deliberativo. Essas coisas foram percebidas pelos alunos. Eles julgaram que tal professora tinha toda a razão, e que era perspicaz. Teria simpatia pelos delinquentes. Assim as mãos dos que carregavam pesado fardo não foram fortalecidas, mas debilitadas. Os esforços feitos para reprimir o mal eram considerados severos e descaridosos. "Os jovens precisam ter seus períodos de alegria", era reiterado junto com outros palavrórios insípidos. Uma palavra insinuada aqui e outra ali deixavam sua perniciosa impressão; e os delinqüentes sabiam que havia na escola os que não julgavam que sua conduta de engano e falsidade era um grande pecado. Apoiar, porém, continuamente a causa dos delinquentes, não dando importância ao seu afastamento da retidão e verdade, e de firme integridade, é um grave pecado contra Deus. FEC 455 1 Havia na escola os que eram sustentados no decorrer dos anos letivos porque não dispunham de recursos pessoais. Estes deveriam ter feito o máximo esforço para obter todas as vantagens possíveis, manifestando assim sua gratidão a Deus e pela bondade dos amigos que os ajudaram. FEC 455 2 Quando os rapazes e as moças realmente estão convertidos, será observada uma decidida mudança por todos quantos têm alguma ligação com eles. Sua frivolidade se afastará deles; o contínuo anseio por diversões e prazeres egoístas, o veemente desejo de alguma espécie de variação e de participar de festas e excursões, não mais serão vistos. FEC 455 3 Ouvi as palavras do grande Mestre: "Porque o pão de Deus é o que desce do Céu e dá vida ao mundo." Não é necessário ser atoleimado e indolente, e viver somente para excitação comum e terrena. A todo crente é concedido vida, bem como conforto e serenidade. Todos podem sentir alegria oriunda da satisfação de ter a Cristo como hóspede permanente na alma. FEC 455 4 Quando Jesus disse à multidão: "O pão de Deus é o que desce do Céu e dá vida ao mundo", alguns dentre a multidão replicaram: "Senhor, dá-nos sempre desse pão." O Pão do Céu estava no meio deles, porém não O reconheceram como o Pão da Vida. Jesus disse então claramente: "Eu sou o Pão da Vida; o que vem a Mim, jamais terá fome; e o que crê em Mim, jamais terá sede." FEC 456 1 O sexto capítulo de S. João contém as mais preciosas e importantes lições para todos os que estão sendo educados em nossas escolas. Se querem aquela educação que perdure através do tempo e da eternidade, introduzam em sua vida prática as maravilhosas verdades desse capítulo. Todo o capítulo é muito instrutivo, mas só é compreendido indistintamente. Insistimos em que os estudantes acatem essas palavras de Cristo, a fim de que compreendam seus privilégios. O Senhor Jesus nos ensina o que Ele é para nós, e que benefício nos advirá individualmente de comer Suas palavras, concebendo que Ele mesmo é o grande centro de nossa vida. "As palavras que Eu vos tenho dito", disse Ele, "são espírito e são vida." FEC 456 2 Tendo a Cristo no coração, nosso único objetivo será a glória de Deus. Devemos esforçar-nos por entender o que significa estar em completa união com Cristo, o qual é a propiciação pelos nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro, nosso Substituto e Fiador perante o Senhor Deus do Céu. Nossa vida deve estar estreitamente ligada à vida de Cristo, devemos constantemente haurir dEle, participando de Sua Pessoa, o Pão vivo que desceu do Céu, sorvendo de uma fonte sempre refrigerante, sempre emitindo seus abundantes tesouros. Quando esta é em realidade a experiência do cristão, vê-se em sua vida um frescor, uma simplicidade, submissão, mansidão e humildade de coração que revelam a todos com os quais ele se comunica, que tem estado com Jesus e dEle aprendido. FEC 456 3 Esta experiência confere a todo professor as próprias habilitações que o tornam um representante de Cristo Jesus. Os métodos do ensino de Cristo, caso sejam seguidos, darão poder e eficácia a suas comunicações e orações. Seu testemunho em favor de Cristo não será acanhado, monótono e sem vida, mas assemelhar-se-á à aradura do terreno, avivando a consciência, abrindo o coração e preparando-o para a semeadura da verdade. FEC 456 4 Ninguém que lida com os jovens deve ser de coração duro, e, sim, afetuoso, terno, compassivo, cortês, cativante e sociável; deve saber, no entanto, que precisam ser feitas repreensões, sendo até mesmo necessário proferir graves censuras para eliminar algum mau procedimento. Incentivai os jovens a glorificar a Deus, expressando sua gratidão ao Senhor por todas as Suas misericórdias. Sejam freqüentemente proferidos seus agradecimentos no coração e com a voz, e manifeste-se abnegação e sacrifício pessoal. Se os que pretendem ser discípulos de Cristo comerem a Sua carne e beberem o Seu sangue, que é a Sua Palavra, terão a vida eterna. "E Eu o ressuscitarei no último dia", diz Cristo. "Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue, permanece em Mim e Eu nele." FEC 457 1 "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai; também quem de Mim se alimenta, por Mim viverá." Quantos experimentaram isto? Quantos compreendem o verdadeiro significado destas palavras? Procuraremos individualmente compreender a Palavra de Deus e praticá-la? Esta Palavra, se for aceita, é para toda alma verdadeiramente convertida o generoso dom da graça. Não pode ser adquirida por meio de dinheiro. Devemos inteirar-nos continuamente de que não merecemos a graça por nossos méritos, pois tudo o que temos é dom de Deus. Ele nos diz: "De graça recebestes, de graça dai." FEC 457 2 A atmosfera da descrença é pesada e deprimente. O riso estouvado, gracejos e pilhérias fazem adoecer a alma que se está nutrindo de Cristo. Conversas baixas e insensatas são penosas para Ele. Com o coração humilde, lede atentamente 1 Pedro 1:13-18. Os que gostam de conversar devem certificar-se de que suas palavras são apropriadas e bem escolhidas. Sede cuidadosos quanto à maneira em que falais. Sede cuidadosos com a maneira pela qual representais a religião que aceitastes. Talvez não julgueis ser pecado bisbilhotar e tagarelar, mas isto ofende a vosso Salvador e entristece os anjos celestiais. FEC 457 3 Qual é o testemunho dado por Pedro? "Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas, e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso." Aqui é realçado outra vez distintamente o mesmo princípio. Ninguém precisa cometer um erro. Se como crianças recém-nascidas desejais o genuíno leite da Palavra, para que por ele vos seja dado crescimento, não tereis apetite para participar de um prato de maledicência, mas todo alimento desta natureza será imediatamente rejeitado, pois os que provaram que o Senhor é bondoso não podem participar do manjar da tolice, da insensatez e da calúnia. Eles dirão resolutamente: "Leve esse prato embora. Não quero comer semelhante alimento. Ele não é o pão do Céu. Isto é comer e beber o próprio espírito do diabo, pois a sua ocupação é ser um acusador dos irmãos." FEC 458 1 Convém que toda alma investigue acuradamente qual o alimento mental que lhe é servido. Quando se aproximam de vós os que vivem para conversar e que se acham preparados e equipados para dizer: "Conte e nós o contaremos", detende-vos a pensar se a conversação proporcionará auxílio e eficiência espirituais, para que em comunicação espiritual comais a carne e bebais o sangue do Filho de Deus. "Chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa." Estas palavras dizem muito. Não devemos ser mexeriqueiros, bisbilhoteiros ou boateiros; não devemos dar falso testemunho. Somos proibidos por Deus de empenhar-nos em conversas frívolas e insensatas, em gracejos e pilhérias, ou proferir palavras ociosas. Temos de prestar contas a Deus do que dizemos. Seremos levados a juízo por nossas palavras precipitadas, que não fazem bem para quem fala ou para quem ouve. Falemos todos, portanto, palavras que sejam boas para edificação. Lembrai-vos de que sois valiosos para Deus. Não permitais que vossa experiência cristã se componha de conversas baixas e insensatas ou de princípios errôneos. FEC 458 2 "Para com Deus eleita e preciosa." Considere isto todo aquele que professa o nome de Cristo: Tendes provado que o Senhor é bondoso? Tornou-se isto uma parte de vossa experiência real, simbolizada em S. João seis por comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus? Como crianças recém-nascidas, estais aprendendo a desejar ardentemente o genuíno leite da Palavra, para que por ele vos seja dado crescimento? Fostes verdadeiramente convertidos nalgum tempo de vossa vida? Nascestes de novo? Se não, é alto tempo de obterdes a experiência que Cristo disse ser necessária a um dos principais líderes. "Importa-vos nascer de novo", disse Ele. "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." Isto é, não pode discernir as condições essenciais para ter uma parte nesse reino espiritual. "Não te admires de Eu te dizer: Importa-vos nascer de novo." Se abrirdes a mente à exposição da Palavra de Deus, com a determinação de praticá-la, haverá luz, pois a Palavra dá entendimento aos simples. FEC 459 1 Esta é a verdadeira educação que todo estudante necessita. Quando ela é obtida, se eles se converterem, modificar-se-á a vida leviana que levavam anteriormente. O Universo celestial contemplará os caracteres transformados. Será abandonada a atitude frívola e comum, e seus pés serão postos sobre o primeiro degrau da escada que é Cristo Jesus. Subirão passo a passo, degrau após degrau, em direção ao Céu. Cristo será revelado em seu espírito, em suas palavras, em suas ações. FEC 459 2 "Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." Estudarão os professores e alunos esta representação para ver se pertencem à classe que, mediante a abundante graça provida, está obtendo uma experiência que se acha em harmonia com a real e genuína experiência que todo filho de Deus precisa ter se ingressar na posição mais elevada? FEC 459 3 Quando Nicodemos foi ter com Jesus, Cristo expôs-lhe as condições da vida divina, ensinando-lhe o próprio alfabeto da conversão. Nicodemos perguntou: "Como pode suceder isto?" "Tu és mestre em Israel, e não compreendes estas coisas?" respondeu-lhe Cristo. Esta pergunta podia ser feita a muitos que ocupam posições de responsabilidade como mestres, mas negligenciaram a obra essencial que deviam fazer antes de se acharem habilitados para serem professores. Se as palavras de Cristo fossem recebidas na alma, haveria muito maior inteligência, e muito mais profundo conhecimento espiritual do que constitui um discípulo e sincero seguidor de Cristo. Quando sobrevierem a toda alma provações e dificuldades, haverá apostasias. Homens traidores, obstinados, orgulhosos e presumidos desviar-se-ão da verdade, naufragando na fé. Por quê? -- Porque não cavaram fundo para tornar firme o seu fundamento. Não estavam firmados na Rocha eterna. Quando lhes são apresentadas as palavras do Senhor, por intermédio dos Seus mensageiros escolhidos, eles murmuram e julgam que o caminho se tornou muito estreito. Assim como os que eram considerados discípulos de Cristo, mas se ofenderam com as Suas palavras e já não andavam com Ele, apartar-se-ão de Cristo. FEC 460 1 "Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me enviou não o trouxer; e Eu o ressuscitarei no último dia." Em que consiste o ato de trazer? -- "Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a Mim." Há homens que ouvem, mas não aprendem a lição como alunos diligentes. Têm aparência de piedade, mas não são crentes. Não conhecem a verdade pela prática. Não receberam a palavra implantada. "Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla num espelho o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência." Ele não aceitou a impressão causada em sua mente ao comparar seu modo de ação com o grande espelho moral. Não viu seus defeitos de caráter. Não se reformou, e olvidando tudo a respeito da impressão causada, não seguiu o caminho de Deus, e, sim, o seu próprio caminho, permanecendo irregenerado. FEC 461 1 Ouvi qual é a única maneira correta de todo ser humano proceder se quiser desfrutar uma experiência segura e completa. "Mas aquele que considera atentamente na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar [pois há uma obra a ser feita, que é negligenciada com risco da alma]. Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a sua língua, antes enganando o próprio coração, a sua religião é vã. A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo." Efetuai isto, como prova de religião pura e sem mácula, e a bênção de Deus seguir-se-á infalivelmente. FEC 461 2 "Por isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será de modo algum envergonhado [confundido]." Notai a figura apresentada no verso cinco: "Também vós mesmos, como pedras que vivem sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." Então essas pedras que vivem exercem tangível e prática influência na casa espiritual do Senhor. São sacerdócio santo, realizando um serviço puro e sagrado. Oferecem sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus. FEC 461 3 O Senhor não aceitará um serviço negligente, uma sucessão de cerimônias que na realidade estão destituídas de Cristo. Seus filhos devem ser pedras vivas no edifício de Deus. Se todos se entregassem incondicionalmente a Deus, se parassem de estudar e planejar para seu entretenimento, para excursões e associações amantes do prazer, e estudassem as palavras: "Não sois de vós mesmos; porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus", jamais teriam fome e sede de excitação ou variação. Se é para nosso verdadeiro interesse ser espirituais, e se a salvação de nosso povo depende de estarmos firmados na Rocha eterna, não seria melhor nos empenharmos em buscar aquilo que prenderá todo o edifício à principal pedra angular, para que não sejamos embaraçados e confundidos em nossa fé? FEC 462 1 "Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular, e pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos [designados]." Todos os homens, mulheres e jovens são designados para fazer determinada obra. Alguns, porém, tropeçam na Palavra da verdade. Ela não se harmoniza com as suas inclinações, e recusam ser, portanto, praticantes da Palavra. Não querem tomar o jugo de Cristo, de perfeita obediência à lei de Deus. Consideram esse jugo como um fardo, e Satanás lhes declara que, desvencilhando-se dele, tornar-se-ão como deuses. Ninguém dominará sobre eles ou lhes dará ordens; poderão fazer o que lhes apraz e ter toda a liberdade que desejarem. Em realidade, eles têm sido opressos e embaraçados em todo o sentido na sua vida religiosa, mas essa vida religiosa era uma farsa. Foram designados para ser colaboradores de Jesus Cristo, e ligar-se a Cristo era sua única oportunidade para perfeito descanso e liberdade. Se houvessem feito isso, jamais teriam sido confundidos. FEC 462 2 "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes [vossa própria suficiência, e atrairdes a atenção para vós mesmos e procurardes vossa própria glória? -- Não; não] as virtudes dAquele que vos chamou [para desagradável e penosa vida de servidão?] das trevas para a Sua maravilhosa luz." FEC 462 3 Não pensareis na elevada posição a que fostes designados? Os que professam o nome de Cristo não se apartarão da iniqüidade? Iremos -- vós e eu -- agastar-nos sob o jugo de Cristo? Quando acalentais ansiedade e amor pelos divertimentos e para ter intensos e agitados períodos de exibição do próprio eu, satisfazendo e deleitando a vontade natural, em vez de fazer a vontade de Deus, pode haver descanso? É o templo de Deus edificado em vossa vida pela concepção leviana que tendes do cristianismo? "Mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação." Acaso a Palavra de Deus não deve ser nosso guia e nosso diretor? Deve alguém ser moroso em estudar essa Palavra? Deve alguém professar ser cristão, e, no entanto, por seu modo de ação, tornar-se uma exprobração à fé, simplesmente porque deseja viver para satisfazer suas próprias inclinações naturais? Seguirão eles, embora professem ter fé na verdade, um procedimento que abuse dessa fé e desonre a verdade de origem celestial? Quem tem apreciado as valiosas oportunidades que lhe são concedidas no tempo de graça para formar um caráter que Deus possa aprovar pelo fato de tomarem o jugo de obediência que Cristo tomou? Que diz Ele a esse respeito? "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." FEC 463 1 Muitos que professam crer em Cristo não tomam o Seu jugo. Julgam que o fazem; mas, se não fossem iludidos e enganados por Satanás, teriam pensamentos correspondentes a sua fé, e às grandes verdades em que professam crer. Perceberiam que as palavras de Cristo significam algo para eles. "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Se seguis a Jesus, sois Seus discípulos; se seguis vossos próprios impulsos, vosso próprio coração não santificado, dizeis claramente: "Não quero o Teu caminho, ó Senhor, e, sim, o meu." FEC 463 2 Devemos perceber a situação e decidir qual é o nosso propósito. Tenho profundo interesse nos rapazes e nas moças que se alistaram no exército do Senhor. Meu amor a Jesus Cristo imbui-me de amor pelas almas de todos pelos quais Cristo morreu. As palavras: "Sois cooperadores de Deus" significam muito. Ninguém pode estipular condições com Deus. Somos servos do Deus vivo, e todos quantos se educarem em nossa escola devem preparar-se para ser obreiros. Eles labutam para adquirir princípios corretos. Devem ligar-se a Cristo pela fé. Podem proporcionar assim grande satisfação ao Universo celestial. Se todo voluntário no exército do Senhor fizer o que pode, Deus fará o resto. Não devem considerar coisa alguma como sendo deles mesmos. Quando lutam pela vitória, devem lutar legitimamente. A Palavra deve ser seu professor. Não serão impelidos pela ambição profana, pois só Deus pode conceder-lhes verdadeira sabedoria e compreensão; mas Ele não trabalhará de parceria com Satanás. Se forem acalentadas a inveja e a ambição profana, se eles pelejarem pela vitória para obter glória humana, a mente se encherá de confusão. Fazei o melhor que puderdes. Avançai o mais depressa possível para alcançar um elevado padrão nas coisas espirituais. Submergi o próprio eu em Jesus Cristo e sempre almejai glorificar-Lhe o nome. Tende em mente que talento, cultura, posição, riqueza e influência são dons de Deus, devendo, portanto, ser consagrados a Ele. Procurai obter uma educação que vos habilite a ser sábios despenseiros da multiforme graça de Cristo Jesus, e Seus servos para cumprir-Lhe as ordens. FEC 464 1 Procurem todos os estudantes ter a mais ampla visão possível de suas obrigações para com Deus. Não devem aguardar um tempo após a conclusão do ano letivo em que pretendem efetuar grande e notável trabalho. Mas devem estudar diligentemente como podem começar a atividade prática em sua vida estudantil unindo-se a Cristo. Esteja todo impulso do lado do Senhor. Não puxeis para baixo, desanimando os que são vossos professores. Não oprimais a sua alma, manifestando um espírito de leviandade e indiferente desconsideração aos regulamentos. FEC 464 2 Estudantes, podeis tornar esta escola de superior qualidade quanto ao êxito, colaborando com os vossos professores a fim de ajudar outros estudantes, e elevando-vos ardorosamente acima de um nível ordinário, baixo e comum. Veja cada um, qual o progresso que pode fazer harmonizando sua conduta com os preceitos bíblicos. Os que procurarem ser, eles mesmos, elevados e enobrecidos, estão cooperando com Jesus Cristo tornando-se refinados na linguagem e no temperamento, sob a direção do Espírito Santo. Estão ligados a Jesus Cristo. Eles não pularão para cá e lá, tornando-se turbulentos e cuidando unicamente de si, considerando seus próprios prazeres e satisfações egoístas. Aplicam todos os seus esforços com Jesus Cristo como mensageiros de Sua misericórdia e amor, ministrando Sua graça a outros. Seu coração palpita em uníssono com o coração de Cristo. São um com Cristo em espírito, um com Cristo em ação. Procuram abastecer a mente com os preciosos tesouros da Palavra de Deus, para que cada um possa realizar a obra que lhe foi designada por Deus, procurando captar os brilhantes raios do Sol da Justiça, para que incidam sobre os outros. FEC 465 1 Se vigiardes e orardes, e se fizerdes intensos esforços na direção certa, sereis completamente imbuídos do espírito de Jesus Cristo. "Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e nada disponhais para a carne, no tocante às suas concupiscências." Decidi tornar esta escola um sucesso, e se atentardes para a instrução dada na Palavra de Deus, podereis partir com um desenvolvimento de poder intelectual e moral que fará até os anjos regozijarem-se, e Deus exultará a vosso respeito com cânticos. Caso estejais sob a disciplina de Deus, assegurareis a harmonia e a cooperação das energias físicas, mentais e morais, e o mais completo desenvolvimento das faculdades que vos foram dadas por Deus. Não permitais que a instabilidade e a concupiscência da juventude, por meio de múltiplas tentações, tornem vossas oportunidades e privilégios um fracasso. Dia a dia revesti-vos de Cristo, e no curto período de vossas provações e dificuldades aqui na Terra, mantende a dignidade na força de Deus, como colaboradores das mais elevadas instrumentalidades, durante vossa vida escolar. FEC 465 2 Todos devem dizer: Não irei fracassar. Por minha influência, não entregarei a mim mesmo ou a meus companheiros nas mãos do inimigo. Atenderei às palavras do Senhor. "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Lembrai-vos sempre de que tendes Alguém ao vosso lado que vos diz: "Não temais." "Eu venci o mundo." Tende em mente que Cristo veio como o Príncipe do Céu e tem Se empenhado numa eterna peleja contra os princípios do pecado. Todos quantos se unirem com Cristo serão cooperadores de Deus nessa peleja. FEC 466 1 "A favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo", disse Cristo, "para que eles também sejam santificados na verdade." O Senhor Jesus é o caminho, a verdade e a vida; e os que se unem com Ele, revestindo-se dEle, trabalharão como Seus colaboradores, conformando-se com os princípios da verdade. Contemplando, tornam-se imbuídos da verdade, e se unem com Cristo para transformar o templo vivo entregue aos ídolos, a fim de que os seres humanos possam tornar-se purificados, refinados, santificados -- templos para habitação do Espírito Santo. FEC 466 2 "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome", disse Cristo, "e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu neles esteja." O Senhor tomou providências para que Seu amor nos seja dado do mesmo modo que Sua generosa e abundante graça, como nossa herança nesta vida, para habilitar-nos a difundi-lo estando ligados a Cristo. Jesus comunica a circulante vitalidade de puro e santificado amor semelhante ao Seu a todas as partes de nossa natureza humana. Quando este amor é manifestado no caráter, revela a todos com quem nos relacionamos que é possível Deus ser formado em nós, a esperança da glória. Demonstra que Deus amou os obedientes como ama a Jesus Cristo; e nada menos do que isto satisfaz Suas aspirações a nosso respeito. Logo que o instrumento humano se une com Cristo em coração, alma e espírito, o Pai ama essa alma como parte de Cristo, como membro do corpo de Cristo, sendo Ele mesmo a gloriosa Cabeça. -- MSS, 21 de Junho de 1897. ------------------------Capítulo 60 -- A Bíblia em nossas escolas FEC 467 1 Não é prudente enviar nossos jovens a universidades onde dediquem seu tempo à aquisição de conhecimentos de grego e latim, ao passo que a cabeça e o coração se enchem dos sentimentos dos autores incrédulos estudados por eles a fim de dominar essas línguas. Obtêm um conhecimento que não é absolutamente necessário, ou que não está em harmonia com as lições do grande Mestre. Em geral, os que se educam desta maneira têm um conceito exagerado de si mesmos. Crêem haver alcançado o pináculo da educação superior e se portam orgulhosamente, como se nada mais tivessem que aprender. Estão arruinados para o serviço de Deus. O tempo, os recursos e o estudo que muitos têm despendido na obtenção de uma educação comparativamente inútil deveriam ter sido empregados em adquirir uma educação que os tornasse homens e mulheres íntegros e idôneos para a vida prática. Tal educação seria do mais alto valor para eles. FEC 467 2 Que levam consigo os estudantes quando deixam nossas escolas? Aonde vão? Que irão fazer? Possuem o conhecimento que os habilitará a ensinar a outros? Foram educados para ser pais e mães sábios? Podem pôr-se à testa de uma família, como instrutores entendidos? Em sua vida doméstica, podem ensinar de tal modo a seus filhos que Deus possa contemplar sua família com prazer, por ser um símbolo da família celestial? Receberam a única educação que realmente pode ser chamada de "educação superior"? FEC 467 3 Que é educação superior? Nenhuma educação pode ser chamada de educação superior a menos que leve a semelhança do Céu, a menos que incentive jovens de ambos os sexos a serem semelhantes a Cristo e os habilite a porem-se à testa de suas famílias, em lugar de Deus. Se, durante sua vida escolar, um jovem deixou de adquirir um conhecimento de grego e latim e os sentimentos contidos nas obras de autores incrédulos, não sofreu grande perda. Se Jesus Cristo houvesse considerado essencial esta espécie de educação, não a teria dado a Seus discípulos, aos quais estava educando para realizarem a maior obra que já foi confiada aos mortais -- a de representá-Lo perante o mundo? No entanto, em seu lugar, colocou-lhes nas mãos a verdade sagrada, para ser transmitida ao mundo em sua simplicidade. FEC 468 1 Há ocasiões em que são necessários os eruditos em grego e latim. Alguns precisam estudar estas línguas. Isto está bem. Mas não todos, nem muitos, devem estudá-las. Os que crêem que o conhecimento de grego e latim é essencial à educação superior, não podem ver muito longe. Tampouco é necessário um conhecimento dos mistérios daquilo que os homens do mundo chamam ciência, para entrar no reino de Deus. É Satanás que enche a mente de sofismas e tradições que excluem a verdadeira educação superior e que perecerão com o estudante. FEC 468 2 Os que receberam uma falsa educação não olham para o Céu. Não podem ver Aquele que é a verdadeira Luz, "que ilumina a todo homem que vem ao mundo". Encaram as realidades eternas como fantasmas, e chamam átomo a um mundo, e mundo a um átomo. Deus declara a respeito de muitos que adquiriram a chamada educação superior: "Pesado foste na balança, e achado em falta" -- em falta no conhecimento das atividades práticas; em falta no conhecimento de como fazer o melhor uso do tempo; em falta no conhecimento de como trabalhar para Jesus. FEC 468 3 A natureza prática do ensino dAquele que deu a vida para salvar os homens é uma evidência do valor que lhes atribui. Ele ministrou a única educação que pode ser chamada de educação superior. Não despediu os discípulos porque não haviam recebido sua instrução de mestres pagãos e incrédulos. Estes discípulos proclamariam uma verdade que abalaria o mundo, mas antes que pudessem fazê-lo, antes que pudessem ser o sal da Terra, deviam formar novos hábitos, e desaprender muitas coisas que lhes ensinaram sacerdotes e rabinos. E, hoje em dia, os que querem representar a Cristo, também precisam formar novos hábitos. Devem ser abandonadas as teorias que se originam no mundo. Suas palavras e obras têm de ser segundo a semelhança divina. Não devem pôr-se em ligação com os degradantes princípios e sentimentos próprios do culto de outros deuses. Não podem obter uma educação segura dos que não conhecem a Deus nem O reconhecem como a vida e a luz dos homens. Estes homens pertencem a outro reino. São governados por um príncipe desleal e confundem fantasmas com realidades. FEC 469 1 Nossas escolas não são o que deveriam ser. O tempo que deveria ser dedicado a trabalhar para Cristo é consumido na consideração de assuntos sem valor e em satisfação própria. Surgem imediatamente conflitos se é feita oposição a opiniões preconcebidas. Foi assim com os judeus. Para vindicar opiniões pessoais e interesses mesquinhos e satisfazer à ambição mundana, rejeitaram o Filho de Deus. O tempo passa. Aproximamo-nos da grande crise da história terrestre. Caso os professores continuem a cerrar os olhos para as necessidades do tempo em que vivemos, devem ser separados da obra. FEC 469 2 Muitos educadores nas escolas da atualidade estão praticando o engano ao conduzirem seus alunos a campos de estudo relativamente inúteis, os quais exigem tempo, concentração e recursos que deveriam ser empregados para obter a educação superior que Cristo veio transmitir. Ele assumiu a forma humana para que pudesse elevar a mente, das lições que os homens consideravam essenciais para as que envolvem conseqüências eternas. Ele viu o mundo envolto em engano satânico. Viu homens seguindo resolutamente sua própria imaginação, pensando ter alcançado tudo se descobrissem como poderiam ser chamados grandes no mundo. Mas não obtiveram mais que a morte. Cristo colocou-Se nos caminhos e atalhos da Terra e contemplou a multidão em sua ansiosa busca de felicidade, certos de que em cada novo projeto que formavam haviam descoberto o modo de ser deuses neste mundo. Cristo chamou-lhes a atenção para cima, dizendo-lhes que o único conhecimento verdadeiro é o conhecimento de Deus e de Cristo, o qual trará paz e felicidade na vida atual e assegurará o dom gratuito de Deus, a vida eterna. Instou com Seus ouvintes, como homens que possuíam a faculdade do raciocínio, a não deixarem a eternidade fora de suas cogitações. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça", disse Ele, "e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Sois então colaboradores de Deus. Para isto vos comprei com Meus sofrimentos, humilhação e morte. FEC 470 1 A grande lição a ser dada aos jovens é que, como adoradores de Deus, devem acalentar os princípios bíblicos e pôr o mundo em segundo lugar. Deus quer que todos sejam instruídos acerca de como fazer as obras de Cristo e entrar pelas portas na cidade celestial. Não devemos permitir que o mundo nos converta a nós, e, sim, procurar com o máximo fervor converter o mundo. Cristo nos outorgou o privilégio e dever de defendê-Lo em todas as circunstâncias. Rogo aos pais que ponham os seus filhos onde não sejam fascinados por uma falsa educação. Sua única segurança está em aprender de Cristo. Ele é a grande Luz central do mundo. Todas as outras luzes, toda outra sabedoria, são estultícia. FEC 470 2 Os homens e as mulheres constituem a aquisição do sangue do Filho unigênito de Deus. São propriedade de Cristo, e sua educação e preparo devem ser dados, não com relação a esta vida curta e incerta, mas com relação à vida imortal, que se compara com a vida de Deus. Não é Seu desígnio que aqueles cujo serviço foi adquirido por Ele sejam ensinados a servir a Mamom, a receber louvor ou glorificação humana, ou a ser subordinados ao mundo. FEC 470 3 "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue, permanece em Mim e Eu nele." São estas as condições de vida estabelecidas pelo Redentor do mundo antes de serem postos os fundamentos da Terra. Estão os professores de nossas escolas dando de comer o Pão da Vida aos alunos? Muitos deles estão guiando os seus alunos pela mesma vereda palmilhada por eles. Crêem que esse é o único caminho certo. Dão aos alunos um alimento que não manterá a vida espiritual, mas causará a morte dos que dele participam. Estão fascinados por aquilo que Deus não requer que conheçam. FEC 471 1 Os professores que se acham tão decididos como o estavam os sacerdotes e maiorais a conduzir seus alunos pelo mesmo velho caminho em que o mundo continua andando, penetrarão em maiores trevas ainda. Os que poderiam ter sido colaboradores de Cristo e que, não obstante, desdenharam dos mensageiros e sua mensagem, perderão o rumo. Andarão em trevas, não sabendo em que tropeçam. Os tais estão propensos a ser enganados pelos erros dos últimos dias. Sua mente está preocupada com interesses subalternos e perdem a bendita oportunidade de unir-se a Cristo e ser cooperadores de Deus. FEC 471 2 A pretensa árvore do conhecimento se transformou num instrumento de morte. Satanás, com seus dogmas e falsas teorias, tem-se entretecido artificiosamente na instrução comunicada. Da árvore do conhecimento ele profere as mais agradáveis lisonjas no tocante à educação superior. Milhares participam do fruto dessa árvore; mas esse fruto significa morte para eles. Cristo lhes diz: "Gastais o dinheiro naquilo que não é pão. Estais empregando os talentos que Deus vos confiou na obtenção de uma educação que Ele declara ser estultícia." FEC 471 3 Satanás está procurando conseguir toda a vantagem. Deseja conquistar não somente os alunos, mas também os professores. Já elaborou os seus planos. Disfarçado de anjo de luz, percorrerá a Terra como taumaturgo. Com bela linguagem apresentará sentimentos sublimes. Falará boas palavras e realizará bons atos. Personificará a Cristo, mas num ponto haverá notável diferença. Satanás apartará as pessoas da lei de Deus. Não obstante, imitará tão bem a justiça que, se fosse possível, enganaria os próprios eleitos. Cabeças coroadas, presidentes, governantes em altos postos curvar-se-ão ante suas falsas teorias. Em vez de dar lugar à crítica, às divisões, ao ciúme e à rivalidade, os que estão em nossas escolas devem ser um em Cristo. Somente assim podem resistir às tentações do arquienganador. FEC 472 1 O tempo passa, e Deus pede que toda sentinela esteja em seu posto. Ele achou por bem conduzir-nos a uma crise maior do que qualquer outra desde o primeiro advento de nosso Salvador. Que faremos? O Espírito Santo de Deus nos tem declarado o que devemos fazer; no entanto, assim como os judeus do tempo de Cristo rejeitaram a luz e escolheram as trevas, o mundo religioso também rejeitará a mensagem para a época atual. Homens que professam piedade têm desprezado a Cristo na pessoa de Seus mensageiros. Como os judeus, eles rejeitam a mensagem de Deus. Os judeus perguntaram a respeito de Cristo: "Quem é este? Não é o filho de José?" Ele não era o Cristo que os judeus haviam esperado. Do mesmo modo, hoje em dia, os mensageiros enviados por Deus não são os que os homens têm esperado. Mas o Senhor não perguntará a nenhum homem a quem deverá enviar. Ele enviará a quem quiser. Os homens talvez não compreendam por que Deus envia esta ou aquela pessoa. Sua obra poderá ser objeto de curiosidade. Deus não satisfará essa curiosidade, e Sua palavra não voltará para Ele vazia. FEC 472 2 Que todos quantos crêem na Palavra de Deus entrem na obra de preparar um povo para permanecer de pé no dia da preparação de Deus. Durante os últimos poucos anos tem sido feita uma obra transcendental. Importantes perguntas têm agitado a mente dos que crêem na verdade presente. A luz do Sol da Justiça tem brilhado em toda a parte, sendo recebida por alguns e seguida perseverantemente. A obra tem sido levada avante segundo as normas de Cristo. FEC 472 3 Toda alma que professa o nome de Cristo deve estar prestando serviço. Todos devem dizer: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Os lábios dispostos a falar, embora imundos, serão tocados com a brasa acesa, e purificados. Serão habilitados a proferir palavras que penetrem na alma. Chegará o tempo em que os homens serão chamados a prestar contas pelas almas a quem deveriam haver comunicado luz, mas que não a receberam. Os que faltaram assim no cumprimento de seu dever, os que receberam luz, mas não a acolheram, de modo que nada têm a comunicar, são classificados nos livros do Céu entre aqueles que estão em inimizade com Deus, não querendo submeter-se a Sua vontade ou direção. FEC 473 1 Uma influência cristã deve encher nossas escolas, nossos sanatórios, nossas casas publicadoras. Sob a direção de Satanás, estão-se formando confederações, e continuarão a formar-se para eclipsar a verdade por meio da influência humana. Os que se unem a essas confederações jamais poderão ouvir as boas-vindas de Cristo: "Muito bem, servo bom e fiel; ... entra no gozo do teu Senhor." As instrumentalidades estabelecidas por Deus devem avançar, não assumindo compromissos com o poder das trevas. Muito mais precisa ser realizado segundo as normas de Cristo, do que tem sido feito até agora. FEC 473 2 Todo estudante deve acalentar estrita integridade. Toda inteligência deve volver-se com reverente atenção para a revelada Palavra de Deus. Será concedido luz e graça aos que assim obedecem a Deus. Eles verão maravilhas na lei divina. Grandes verdades que não foram ouvidas e contempladas desde o dia de Pentecoste resplandecerão da Palavra de Deus em sua pureza original. Aos que realmente amam a Deus, o Espírito Santo revelará verdades que desapareceram da mente, e também lhes revelará verdades inteiramente novas. Os que comem a carne e bebem o sangue do Filho de Deus extrairão dos livros de Daniel e do Apocalipse verdades inspiradas pelo Espírito Santo. Porão em ação forças que não podem ser reprimidas. Serão abertos os lábios das crianças para proclamar os mistérios que têm estado ocultos à mente dos homens. Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar as sábias, e as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. FEC 474 1 Não se deve introduzir a Bíblia em nossas escolas para ser intercalada no meio da incredulidade. A Bíblia deve tornar-se o fundamento e o assunto da educação. É verdade que sabemos muito mais da Palavra do Deus vivo do que sabíamos no passado, mas ainda há muito mais a aprender. Ela deve ser usada como a Palavra do Deus vivo e considerada como o primeiro e o último e o melhor em todas as coisas. Então se verá verdadeiro crescimento espiritual. Os alunos desenvolverão salutar caráter religioso, porque comem a carne e bebem o sangue do Filho de Deus. A não ser, porém, que seja cuidada e promovida, a saúde da alma decairá. Mantende-vos no conduto de luz. Estudai a Bíblia. Os que servem fielmente a Deus serão abençoados. Aquele que não deixará sem recompensa nenhum trabalho fiel, coroará todo ato de lealdade e integridade com demonstrações especiais de Seu amor e aprovação. -- The Review and Herald, 17 de Agosto de 1897. ------------------------Capítulo 61 -- Testemunho especial acerca de política FEC 475 1 Aos Mestres e Diretores de Nossas Escolas: Aqueles a cujo cargo se acham nossas instituições e escolas, devem acautelar-se diligentemente, não seja que, por suas palavras e sentimentos, levem os alunos por caminhos falsos. Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticos, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas idéias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão. FEC 475 2 O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloqüência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser reverenciado. É um sábado espúrio, e os membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de Deus, pisando Seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos. FEC 475 3 Não devemos transigir com os princípios, para ceder às opiniões e preconceitos que talvez animássemos antes de nos unir com o povo de Deus, observador dos mandamentos. Temo-nos alistado no exército do Senhor, e não nos cabe combater do lado do inimigo, mas do lado de Cristo, onde podemos ser um todo unido, em sentimento, ação, espírito e comunhão. Os que são deveras cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo. FEC 476 1 Que devemos então fazer? -- Deixai os assuntos políticos em paz. "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" Que pode haver de comum entre esses partidos? Não pode haver sociedade, nem comunhão. A palavra "sociedade" importa em participação, parceria. Deus emprega as mais vigorosas imagens para mostrar que não deve haver união entre partidos mundanos e aqueles que estão buscando a justiça de Cristo. Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas, a verdade e a injustiça? -- Nenhuma, absolutamente. A luz representa a justiça; as trevas, o erro, o pecado, a injustiça. Os cristãos saíram das trevas para a luz. Eles se revestiram de Cristo, e usam a divisa da verdade e obediência. São regidos pelos princípios elevados e santos que Cristo exemplificou em Sua vida. O mundo, porém, é regido por princípios de desonestidade e injustiça. FEC 476 2 "Pelo que, tendo esse ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor, e a nós mesmos como vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus que disse: De trevas resplandecerá luz --, Ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo." São apresentados aqui dois partidos, e é revelado que não pode haver união entre eles. FEC 477 1 Os mestres, na igreja ou na escola, que se distinguem por seu zelo na política, devem ser destituídos sem demora de seu trabalho e suas responsabilidades; pois o Senhor não cooperará com eles. O dízimo não deve ser empregado para pagar ninguém para discursar sobre questões políticas. Todo mestre, ministro ou dirigente em nossas fileiras, que é agitado pelo desejo de ventilar suas opiniões sobre questões políticas, deve-se converter pela crença na verdade, ou renunciar à sua obra. Sua influência deve ser a de um coobreiro de Deus no conquistar almas para Cristo, ou devem ser-lhe cassadas as credenciais. Se ele não muda, há de ser nocivo, apenas nocivo. FEC 477 2 Em nome do Senhor, desejo dizer aos professores de nossas escolas: Aplicai-vos à obra que vos foi designada. Não sois convidados por Deus para vos empenhardes na política. "Vós todos sois irmãos", declara Cristo, "e, como uma só pessoa, deveis colocar-vos sob o estandarte do Príncipe Emanuel." "Que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor teu Deus, andes em todos os Seus caminhos, e O ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor, e os Seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem? ... Pois o Senhor vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito. Ao Senhor teu Deus temerás; a Ele servirás, a Ele te chegarás, e pelo Seu nome jurarás. Ele é o teu louvor, e o teu Deus." FEC 478 1 O Senhor tem concedido grande luz e privilégios a Seu povo. "Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos", diz Ele; "guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida. Pois, que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O invocamos? E que nação há, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho? Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida, e os farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos." FEC 478 2 Como um povo, devemos colocar-nos sob o estandarte de Jesus Cristo. Devemos consagrar-nos a Deus como um povo distinto, separado e peculiar. Ele fala a nós, dizendo: "Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a Mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi." "Com justiça serás confirmada; estarás longe da opressão, porque já não temerás; e também do espanto, porque não chegará a ti. Eis que poderão vir a juntar-se, mas não será por Mim; quem se ajuntar contra ti, cairá por amor de ti. ... Toda a ferramenta preparada contra ti, não prosperará; e toda língua que se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que vem de Mim, diz o Senhor." FEC 478 3 Rogo aos meus irmãos designados para educar, que mudem sua maneira de agir. É um engano de vossa parte o ligar vossos interesses com qualquer partido político, dar o vosso voto com eles ou por eles. Os que ocupam o lugar de educadores, de ministros, de colaboradores de Deus em qualquer sentido, não têm batalhas a travar no mundo político. Sua cidadania se acha nos Céus. O Senhor pede-lhes que permaneçam como um povo separado e peculiar. Ele não quer que haja cismas no corpo de crentes. Seu povo tem de possuir os elementos de reconciliação. É porventura sua obra fazer inimigos no mundo político? -- Não, não! Eles têm de permanecer como súditos do reino de Cristo, levando a bandeira em que se acha inscrito: "Os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." Têm de ter a responsabilidade de uma obra especial, de uma especial mensagem. Temos uma responsabilidade individual, e isso tem de ser revelado em presença do Universo celeste, dos anjos e dos homens. Deus não nos pede que ampliemos nossa influência misturando-nos com a sociedade, ligando-nos com os homens em questões políticas, mas ficando como partes individuais de Seu grande todo, tendo Cristo como nossa cabeça. Cristo é nosso Príncipe, e, como súditos Seus, cumpre-nos realizar a obra que nos foi designada por Deus. FEC 479 1 É de suma importância que os jovens compreendam que o povo de Cristo deve ser unido; pois esta unidade prende os homens a Deus pelos áureos laços do amor, e impõe a cada um a obrigação de trabalhar pelos semelhantes. O Capitão de nossa salvação morreu pela raça humana para que os homens pudessem estar unidos com Ele e uns com os outros. Como membros da família humana, somos partes individuais de um grande todo. Ninguém pode tornar-se independente dos outros. Não deve haver disputas partidárias na família de Deus, pois o bem-estar de cada um é a felicidade de todos. Não deve ser erigida nenhuma parede separatória entre o homem e seu próximo. Cristo, como o grande centro, precisa unir a todos em um só. FEC 479 2 Cristo é nosso Mestre, nosso Dirigente, nossa Força, nossa Justiça; e nEle nos comprometemos a evitar todo modo de ação que cause divisão. As questões em debate no mundo não devem ser o tema de nossas conversações. Devemos convidar o mundo a contemplar um crucificado Salvador, por cujo intermédio nos tornamos necessários uns aos outros e a Deus. Cristo ensina Seus súditos a imitar Suas virtudes, Sua mansidão e humildade, Sua bondade, paciência e amor. Consagra, portanto, o coração e as mãos a Seu serviço, tornando o homem um conduto pelo qual o amor de Deus possa fluir em copiosas correntes para abençoar a outros. Não haja, pois, nenhuma sombra de contenda entre os adventistas do sétimo dia. O Salvador convida toda alma, dizendo: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Aquele que mais se aproxima da perfeição da divina benevolência de Cristo causa alegria entre os anjos celestiais. O Pai Se regozija a seu respeito com cânticos; pois, acaso, não está trabalhando no espírito do Mestre, sendo um com Cristo assim como Ele é um com o Pai? FEC 480 1 Em nossos periódicos não devemos exaltar a obra e o caráter de homens em posições de influência, mantendo constantemente seres humanos diante das pessoas. Mas podeis exaltar a Cristo nosso Salvador tanto quanto quiserdes. "Todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória [de caráter em caráter], na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." Os que amam e servem a Deus devem ser a luz do mundo, brilhando entre as trevas morais. Mas nos lugares que receberam a maior luz, onde o evangelho mais tem sido pregado, as pessoas -- pais, mães e filhos -- têm sido instigadas por um poder de baixo a unir seus interesses a projetos e empreendimentos mundanos. FEC 480 2 Há grande cegueira nas igrejas, e o Senhor diz a Seu povo: "Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." FEC 481 1 A condição para ser admitido na família do Senhor é sair do mundo, separando-se de todas as suas influências contaminadoras. O povo de Deus não deve ter ligação alguma com a idolatria em qualquer de suas formas. Eles devem atingir uma norma mais elevada. Devemos separar-nos do mundo, e então Deus declara: "Eu vos receberei como membros de Minha família real, filhos do celeste Rei." Como crentes na verdade devemos ser diferentes, na prática, do pecado e dos pecadores. Nossa cidadania está no Céu. FEC 481 2 Devemos compreender com mais clareza o valor das promessas que Deus nos fez e apreciar mais profundamente a honra que nos foi dada por Ele. Deus não poderia outorgar aos mortais mais elevada honra do que adotá-los em Sua família, dando-lhes o privilégio de chamá-Lo Pai. Não há degradação em nos tornarmos filhos de Deus. "O Meu povo saberá o Meu nome", declara o Senhor; "portanto naquele dia saberá que sou Eu quem fala: Eis-Me aqui." O Senhor Deus onipotente reina. "Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos distintamente vêem o retorno do Senhor a Sião." FEC 481 3 Por que se dá tanta atenção a instrumentos humanos, ao passo que há tão pouco esforço mental em direção ao Deus eterno? Por que os que pretendem ser filhos do Rei celestial se acham tão absorvidos nas coisas deste mundo? Que o Senhor seja exaltado! Que a Palavra do Senhor seja engrandecida! Sejam os seres humanos colocados em posição inferior, e que o Senhor seja exaltado! Lembrai-vos de que reinos, nações, monarcas, estadistas, conselheiros e grandes exércitos terrestres, e toda a magnificência e glória mundanas, são como o pó da balança. Deus tem a fazer um ajuste de contas com todas as nações. Todo reino tem que ser abatido. A autoridade humana deve tornar-se como nada. Cristo é o Rei do mundo, e Seu reino deve ser exaltado. FEC 482 1 O Senhor deseja que todos os portadores da mensagem para estes últimos dias compreendam que há grande diferença entre os que professam a religião, mas não são praticantes da Palavra, e os filhos de Deus, que são santificados pela verdade e têm aquela fé que atua pelo amor e purifica a alma. O Senhor refere-Se aos que pretendem crer na verdade para este tempo, os quais não discernem, porém, qualquer incoerência em tomarem parte na política, misturando-se com os elementos contendedores destes últimos dias, como os circuncisos que se misturam com os incircuncisos, e declara que destruirá ambas as classes juntamente, sem distinção. Estão fazendo uma obra que não lhes mandou fazer. Desonram a Deus por seu espírito faccioso e por suas contendas, e Ele condenará de igual maneira a ambas as classes. FEC 482 2 Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A Palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível. Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião lhes dava talentos de palavras e influência. Puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E esse Mestre nos ordena: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Quanto à questão da temperança, assumi, sem vacilação, vossa atitude. Sede firmes como a rocha. Não participeis dos pecados dos outros. Atos de desonestidade em transações comerciais, com crentes ou descrentes, devem ser condenados; e se eles não dão prova de reforma, retirai-vos do meio deles, separai-vos. FEC 483 1 Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. Aqueles, dentre os ministros, que desejam ser políticos, devem perder suas credenciais; pois essa obra Deus não deu a elevados nem a humildes dentre Seu povo. Deus pede a todos quantos ministram em palavra e doutrina, que dêem à trombeta um sonido certo. Todos quantos receberam a Cristo, ministros e membros leigos, devem levantar-se e resplandecer; pois grandes perigos se acham iminentes sobre nós. Satanás está agitando os poderes da Terra. Tudo neste mundo se acha em confusão. Deus pede a Seu povo que mantenha acima de tudo a bandeira que apresenta a mensagem do terceiro anjo. Não devemos ir a Cristo por intermédio de algum ser humano, mas por meio de Cristo devemos compreender a obra que Ele nos deu a fazer pelos outros. FEC 483 2 Deus apela para Seu povo, dizendo: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos." Ele pede que o amor que tem manifestado por eles seja retribuído e evidenciado por meio de voluntária obediência a Seus mandamentos. Os filhos de Deus têm de separar-se da política, de toda aliança com os incrédulos. Não devem ligar seus interesses aos do mundo. "Provai vossa aliança comigo", diz Ele, "permanecendo como Minha herança escolhida, como um povo zeloso de boas obras." Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, e refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou na escola idéias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. Deus quer que Seus servos tenham clara percepção, verdadeira e nobre dignidade, para que sua influência manifeste o poder da verdade. A vida cristã não deve ser vivida a esmo ou depender de emoções. A verdadeira influência cristã, exercida para a realização da obra designada por Deus, é um precioso instrumento, e não se deve unir com política, ou ligar em aliança com incrédulos. Deus tem de ser o centro de atração. Toda mente em que o Espírito Santo opera, satisfar-se-á com Ele. FEC 484 1 Deus pede que os professores de nossas escolas não fiquem interessados no estudo de questões políticas. Introduzi o conhecimento de Deus em nossas escolas. Vossa atenção pode ser atraída para sábios homens mundanos, que não são suficientemente sábios para compreender o que as Escrituras dizem no tocante às leis do reino de Deus; volvei-vos, porém, deles para Aquele que é a Fonte de toda a sabedoria. Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça. Fazei disto o primeiro e o último. Buscai com grande diligência conhecer Aquele ao qual conhecer devidamente é vida eterna. Cristo e Sua justiça é a salvação da alma. Ensinai às criancinhas o que significa obediência e submissão. Em nossas escolas, a ciência, a literatura, a pintura e a música, e tudo o que a cultura do mundo pode proporcionar, não devem ocupar o primeiro lugar. Seja dado o primeiro lugar ao conhecimento dAquele em quem se centraliza a nossa vida eterna. Implantai no coração dos alunos aquilo que adornará o caráter e habilitará a alma, mediante a santificação do Espírito, a aprender lições do maior Mestre que o mundo já conheceu. Assim os alunos serão habilitados para serem herdeiros do reino de Deus. 16 de Junho de 1899. ------------------------Capítulo 62 -- Semear junto a todas as águas FEC 487 1 A convite, assisti à reunião realizada em Healdsburg, em conexão com o encerramento do ano escolar, no dia 29 de Maio de 1903. Fiquei contente por saber que os professores e alunos se uniram em dispensar as enfadonhas e inúteis atividades que geralmente acompanham o encerramento de uma escola, e que as energias de todos, até o fim, foram dedicadas a estudo proveitoso. FEC 487 2 Na sexta-feira de manhã, os certificados foram silenciosamente entregues aos que se achavam habilitados a recebê-los, e os alunos e professores uniram-se então numa reunião de experiências, em que muitos relataram as bênçãos que generosamente haviam recebido de Deus durante o ano. FEC 487 3 No sábado de manhã, falei a um grande auditório na espaçosa casa de culto da igreja de Healdsburg. Os alunos e professores estavam sentados na frente, e fui bem-sucedida em apresentar-lhes sua responsabilidade como cooperadores de Deus. O Salvador pede que nossos professores e alunos prestem eficiente serviço como pescadores de homens. FEC 487 4 À noite um grande auditório reuniu-se na igreja para ouvir o programa musical oferecido pelo irmão Beardslee e seus alunos. O bom canto é uma parte importante do culto a Deus. Estou contente de que o irmão Beardslee esteja treinando os alunos, de modo que possam ser cantores-evangelistas. FEC 487 5 Fiquei muito satisfeita com o que vi na escola. Durante o ano passado ela fez acentuado progresso. Tanto os professores como os alunos estão atingindo um nível cada vez mais elevado na vida espiritual. No decorrer do ano passado houve notáveis conversões. Ovelhas perdidas foram encontradas e conduzidas de volta ao aprisco. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1903. ------------------------Capítulo 63 -- A obra de nossos educandários FEC 488 1 A obra de nossos colégios e educandários deve ser fortalecida ano após ano. Não há tempo para delongas FEC 488 2 O tempo é curto. Em toda parte há necessidade de obreiros para Cristo. Deveria haver cem trabalhadores diligentes e fiéis nos campos missionários nacionais e estrangeiros onde agora há só um. Os caminhos e atalhos ainda não foram trabalhados. Urgentes incentivos devem ser apresentados aos que deviam estar agora empenhados em trabalho missionário para o Mestre. FEC 488 3 Os sinais que mostram que a vinda de Cristo está próxima se cumprem rapidamente. O Senhor convida nossos jovens a labutarem como colportores e evangelistas, a realizarem trabalho de casa em casa nos lugares que ainda não ouviram a verdade. Ele fala a nossos jovens, dizendo: "Não sois de vós mesmos; porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." Os que saírem para a obra sob a direção divina serão maravilhosamente abençoados. Os que nesta vida fazem o melhor que podem obterão uma adaptação para a futura vida imortal. FEC 488 4 O Senhor chama voluntários que se coloquem firmemente ao Seu lado e façam o voto de se unirem a Jesus de Nazaré, para fazer justamente o serviço que precisa ser feito agora, e exatamente agora. FEC 488 5 Há entre nós muitos jovens de ambos os sexos que, sendo incentivados a fazê-lo, se inclinariam naturalmente a seguir um curso de diversos anos de estudo em Battle Creek. Mas valerá a pena? Os talentos do povo de Deus devem ser empregados em transmitir ao mundo a última mensagem de misericórdia. O Senhor pede que os que se acham ligados a nossos sanatórios, casas publicadoras e outras instituições ensinem os jovens a efetuar trabalho evangelístico. Nosso tempo e dinheiro não devem ser aplicados em tão grande medida no estabelecimento de sanatórios, fábricas e depósitos de alimentos, e restaurantes, que sejam negligenciados outros setores da obra. Jovens de ambos os sexos que deviam estar empenhados no ministério, na obra bíblica e na colportagem, não devem estar presos a ocupações mecânicas. FEC 489 1 Os jovens devem ser incentivados a freqüentar nossas escolas, que se devem tornar cada vez mais semelhantes às escolas dos profetas. Nossas escolas têm sido estabelecidas pelo Senhor, e se forem dirigidas em harmonia com o Seu propósito, os jovens a elas enviados serão preparados rapidamente para se empenharem nos diversos ramos da obra missionária. Alguns serão educados para entrar no campo como enfermeiros missionários, outros como colportores, evangelistas, professores e pastores evangélicos. FEC 489 2 O Senhor me instruiu claramente a respeito de que nossos jovens não devem ser incentivados a dedicar tanto tempo e energia à obra médico-missionária da maneira como tem sido levada avante ultimamente. A instrução que eles recebem no tocante às doutrinas bíblicas não é de molde a habilitá-los para realizar devidamente a obra que Deus confiou a Seu povo. FEC 489 3 Satanás procura diligentemente desviar as almas dos princípios corretos. Multidões que professam pertencer à verdadeira igreja de Deus estão caindo sob os enganos do inimigo. Estão sendo levados a afastar-se de sua lealdade ao bendito e único Potentado. Um dever presente FEC 489 4 Todos os nossos colégios e educandários denominacionais devem tomar providências para dar a seus alunos a educação essencial para evangelistas e para homens de negócios cristãos. Os jovens e os mais avançados em idade que sentem ser seu dever habilitar-se para trabalho que requer a aprovação em certos exames legais deveriam ser capazes de conseguir nos educandários de nossa União-Associação tudo o que é essencial, sem precisar ir a Battle Creek para sua educação preparatória. FEC 490 1 A oração efetuará maravilhas pelos que se entregam a ela, sendo vigilantes neste sentido. Deus quer que todos nós estejamos em esperançosa posição de espera. Ele cumprirá o que prometeu, e se houver exigências legais que tornem necessário que os estudantes de medicina façam determinado curso preparatório, ensinem nossos colégios os estudos adicionais requeridos de maneira compatível com a educação cristã. O Senhor tem manifestado Seu desagrado de que tantos de nosso povo se estejam deslocando para Battle Creek; e visto que Ele não quer que tantos se dirijam para lá, devemos entender que Ele quer que nossas escolas em outros lugares tenham professores eficientes e façam devidamente a obra que precisa ser feita. Devem tomar providências para conduzir os seus alunos ao necessário ponto de instrução literária e científica. Muitas dessas exigências têm sido feitas porque grande parte da obra preparatória efetuada nas escolas comuns é superficial. Seja todo o nosso trabalho cabal, fiel e consciencioso. FEC 490 2 Em nossos educandários a Bíblia deve tornar-se a base de toda a educação. E nos estudos requeridos, não é necessário que nossos professores introduzam os livros condenáveis que o Senhor tem recomendado que não sejam usados em nossas escolas. Pela luz que o Senhor me tem dado, sei que nossos educandários em diversas partes do campo devem ser colocados na posição mais favorável possível para habilitar nossos jovens a enfrentar os exames especificados pelas leis do Estado com respeito aos estudantes de medicina. Com esta finalidade devem conseguir-se os maiores talentos no magistério, para que nossas escolas correspondam ao padrão exigido. FEC 490 3 Não sejam, porém, os rapazes e as moças em nossas igrejas aconselhados a ir a Battle Creek a fim de obter uma educação preparatória. Há um congestionado estado de coisas em Battle Creek que torna esse lugar desfavorável para a devida educação de obreiros cristãos. Visto que não foram atendidas as advertências no tocante à obra nesse centro congestionado, o Senhor permitiu que duas de nossas instituições fossem consumidas pelo fogo. Mesmo depois dessa manifestação de Seu evidente desagrado, Suas advertências não foram atendidas. O sanatório ainda está ali. Se ele tivesse sido dividido em diversos estabelecimentos e sua obra e influência dedicados a vários outros lugares, quanto mais Deus teria sido glorificado! Mas agora que o sanatório foi reconstruído, devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para ajudar os que ali estão lutando com muitas dificuldades. FEC 491 1 Repito: Não é necessário que tantos de nossos jovens estudem medicina. Mas para os que precisam seguir esses estudos, os educandários de nossa União-Associação devem fazer ampla provisão de oportunidades para a educação preparatória. Assim os jovens de cada União-Associação podem ser preparados mais perto de casa e livrar-se das tentações especiais que acompanham a obra em Battle Creek. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1903. ------------------------Capítulo 64 -- Devemos estabelecer-nos ao redor de nossas instituições? FEC 492 1 Tem-me sido dada luz especial com referência a mudar nossas casas publicadoras, sanatórios e escolas para fora das cidades, a lugares mais favoráveis a sua obra, onde os que se acham ligados com eles não sejam expostos a todas as tentações da vida urbana. Nossas escolas, especialmente, devem estar longe das cidades. Não é para o bem espiritual dos obreiros de nossas instituições que elas se localizem nas cidades, onde as tentações do inimigo avultam em toda a parte. FEC 492 2 A instrução dada com referência à mudança da obra de publicações de Battle Creek para alguma localidade rural perto de Washington, D.C., era clara e distinta, e espero ansiosamente que essa tarefa seja apressada. FEC 492 3 Também foi dada a instrução de que a Pacific Press deve ser mudada de Oakland. Com o passar dos anos, a cidade cresceu, e agora é necessário estabelecer a editora nalguma localidade rural, onde seja possível conseguir terrenos para os lares dos funcionários. Os que se acham ligados aos nossos centros de publicações não devem ser obrigados a viver nas cidades apinhadas. Devem ter a oportunidade de conseguir casas onde possam residir sem precisar receber altos salários. FEC 492 4 Os aprendizes em nossas casas publicadoras devem obter mais cuidado paternal do que têm obtido. É necessário dar-lhes completo preparo nos diferentes aspectos da arte gráfica; e devem obter também toda oportunidade para adquirir conhecimento da Bíblia, pois está próximo o tempo em que os crentes serão dispersos em muitos países. Aos obreiros de nossas casas publicadoras deve ser ensinado o que significa ser um sincero seguidor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No passado, muitas almas foram deixadas sem proteção. Não lhes foi ensinado o que é abrangido pela ciência da piedade. Nem todos os que assumiram responsabilidades têm levado uma vida cristã. Precisa-se de obreiros consagrados FEC 493 1 Prestei atenção às palavras proferidas por Alguém que conhece o passado, o presente e o futuro. Foi feita uma soleníssima representação, delineando o caráter que devem possuir os que são aceitos como companheiros de trabalho em nossas instituições. Estas instituições precisam de homens que sejam moderados na mais ampla acepção da palavra. Deus não permita que sejam introduzidos em nossas instituições em Washington, D.C., e Mountain View, Califórnia, homens que não aprenderam a dominar-se a si mesmos e que negligenciam a edificação de seu próprio caráter a fim de fazer planos para alguma outra pessoa. FEC 493 2 Os obreiros de nossas instituições devem atender à instrução dada por Cristo. Quando a verdade habita no coração dos dirigentes, quando eles andam na luz que resplandece da Palavra de Deus, os obreiros mais novos desejarão compreender melhor as palavras ouvidas na assembléia do povo de Deus. Solicitarão maiores esclarecimentos e haverá períodos especiais para buscar o Senhor e estudar Sua Palavra. Era nalgum aposento sossegado ou nalgum lugar retirado, no campo, que Cristo explicava aos discípulos as parábolas que Ele proferira diante das multidões. Esta é a obra que precisa ser feita em favor dos jovens em nossas casas publicadoras. A tendência de colonizar FEC 493 3 Os que necessariamente estão situados perto de nossas instituições devem ser cuidadosos com referência a emitirem brilhantes informações acerca do local. Em toda parte há pessoas intranqüilas e descontentes, e que almejam ir para algum lugar em que -- pensam eles -- serão mais bem-sucedidos do que no ambiente em que se encontram presentemente. Julgam que se conseguissem trabalho em conexão com alguma de nossas instituições, teriam melhores possibilidades para ganhar a subsistência. FEC 494 1 Os que são tentados a se aglomerarem em volta de nossas instituições devem compreender que é de trabalhadores especializados que há necessidade, e que pesados encargos recaem sobre todos quantos se acham devidamente ligados à obra. Os que estão relacionados com nossas instituições precisam ser produtores assim como consumidores. Desejo dizer para os que querem mudar de residência e estabelecer-se perto de uma de nossas instituições: Pensais que se vos estabelecerdes nas proximidades de uma instituição conseguireis ganhar a subsistência sem perplexidades ou trabalho penoso? Consultastes o Senhor no tocante a esta questão? Tendes a evidência de que vosso desejo de mudança de residência está isento de motivos egoístas e seria uma honra para Deus? FEC 494 2 De cartas recebidas pelos que se acham ligados a nossas instituições e pelas mudanças já efetuadas, vemos que muitos querem adquirir casas perto dessas instituições. Minha mente está acabrunhada de perplexidade a esse respeito, porque tenho recebido instrução do Senhor acerca da influência que seria exercida sobre indivíduos e sobre nossa obra caso nosso povo se aglomerasse egoistamente em volta de nossas instituições. FEC 494 3 Durante anos, em advertências freqüentemente repetidas, tenho declarado a nosso povo que Deus não Se deleitava em ver famílias deixarem as igrejas menores e aglomerarem-se nos lugares onde estão estabelecidas nossas casas publicadoras, sanatórios e escolas, por sua própria conveniência, conforto ou lucro mundano. FEC 494 4 Na Austrália, fomos para a floresta e conseguimos uma grande extensão de terra para nossa escola. Traçaram-se planos com vistas a vender para nossos irmãos terrenos para construção, perto dos internatos e da casa de culto. Mas foi-me ordenado protestar contra a permissão de famílias se estabelecerem próximo aos internatos de nossa escola. O conselho dado era que seria muito melhor que as famílias não residissem perto da escola e não morassem muito próximo uma das outras. FEC 494 5 Os que estão inclinados a estabelecer-se nas proximidades de nossa casa publicadora ou de nosso sanatório e escola em Takoma Park, devem pedir conselho antes de se mudarem. FEC 494 6 Desejo dizer aos que estão olhando para Mountain View como um lugar propício para morar pelo fato de que será estabelecida ali a Pacific Press: Olhai para outras partes do mundo que necessitam da luz que recebestes em custódia. Lembrai-vos de que Deus deu a cada homem a sua obra. Escolhei alguma localidade em que tereis oportunidade de deixar vossa luz brilhar no meio das trevas morais. FEC 495 1 Sempre se dá o caso de que quando uma instituição é estabelecida num lugar, há muitas famílias que desejam estabelecer-se perto dela. Assim tem sido em Battle Creek e em Oakland, e, até certo ponto, em quase todos os lugares em que temos uma escola ou um sanatório. FEC 495 2 Há pessoas intranqüilas que, se fossem residir numa nova localidade, ainda estariam desgostosas, pois há em seu coração o espírito de descontentamento, e uma mudança de lugar não produz uma mudança de coração. Seu caráter não foi refinado e enobrecido pelo Espírito de Cristo. Elas precisam aprender a lição do contentamento. Não investigam da causa para o efeito. Não procuram compreender as provas bíblicas do caráter, que são essenciais ao verdadeiro êxito. FEC 495 3 Muitos há que estão desejosos de mudar de ocupação. Almejam obter vantagens que supõem existirem nalgum outro lugar. Perguntem a si mesmos que proveito haveria em mudarem de residência se não aprenderam a ser bondosos, pacientes e prestimosos no lugar onde estão. Examinem-se a si mesmos à luz da Palavra de Deus e se esforcem então no sentido em que há necessidade de aperfeiçoamento. FEC 495 4 Os que estão pensando em estabelecer-se em Mountain View lembrem-se de que isso não é prudente, a menos que sejam chamados a ligar-se ali com a obra de publicações. O mundo é extenso; suas necessidades são grandes. Ide, formai novos centros em lugares onde há necessidade de luz. Não vos aglomereis num só lugar, cometendo o mesmo erro que foi cometido em Battle Creek. Há centenas de lugares que precisam da luz que Deus vos deu. FEC 495 5 E onde quer que residais, sejam quais forem as circunstâncias, tende o cuidado de introduzir os ensinos da Palavra de Deus em vossos lares, em vossa vida diária. Buscai a Deus como vossa luz, vossa força, vosso caminho para o Céu. Lembrai-vos de que a toda pessoa Deus confiou talentos, a fim de serem usados para Ele. Aprendei aos pés de Jesus as lições de mansidão e humildade, e trabalhai então no espírito do Salvador pelos que se acham ao vosso redor. Por meio de voluntária obediência aos mandamentos, tornai vosso lar um lugar em que a honra de Deus se deleite em habitar. "Assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e vivificar o coração dos contritos." FEC 496 1 Cada um de nós tem uma obra individual a fazer. Devemos consagrar-nos a Deus de corpo, alma e espírito. Cada um de Seus filhos tem algo a fazer pela honra e glória de Seu nome. Podeis ser uma bênção onde quer que estejais. FEC 496 2 Se parece haver apenas escassa possibilidade de ganhar a subsistência no lugar onde estais, tirai o máximo proveito de toda oportunidade. Elaborai planos sensatos. Ponde em uso todo resquício da capacidade que Deus vos deu. Cumpri o dever que tendes para com vossa própria pessoa, aumentando em conhecimento e adaptabilidade, tornando-vos dia a dia mais habilitados a fazer o melhor uso das capacidades mentais e físicas que Deus vos concedeu. Ele quer que sejais um sucesso. Quer que sejais uma bênção em vosso lar e nas imediações da localidade em que residis. FEC 496 3 Pais, ajudai vossos filhos a ajudarem a vós e uns aos outros. Sede bondosos e corteses para com os vizinhos. Por meio de boas obras, deixai brilhar a vossa luz no meio das trevas morais. Se sois verdadeiros cristãos, tornar-vos-eis cada vez mais capazes de compreender qual é a vontade do Senhor, e avançareis passo a passo na luz de Sua Palavra. FEC 496 4 Estudai a vida de Cristo e esforçai-vos por seguir o modelo que Ele vos deu. Perguntai a vós mesmos se tendes cumprido todo o vosso dever para com a igreja em vossa casa e vosso dever para com os vizinhos. Tendes sido fiéis em ensinar a vossos filhos lições de polidez cristã? Acaso não há muitas oportunidades de aperfeiçoamento no governo de vosso lar? Não negligencieis vossos filhos. Aprendei a disciplinar a vós mesmos, para que sejais dignos do respeito de vossos filhos e de vossos vizinhos. Se Cristo não habita em vosso coração, como podeis ensinar aos outros as lições de paciência e bondade que devem ser manifestadas na vida de todo cristão? Certificai-vos de estar guardando o caminho do Senhor e ensinai então a verdade aos que se acham ao vosso redor. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1904. ------------------------Capítulo 65 -- Lições da vida de Salomão "Separai-vos" FEC 498 1 Colocado à testa de uma nação que havia sido posta como luz para as nações circunvizinhas, Salomão poderia haver trazido grande glória para o Senhor do Universo por meio de uma vida de obediência Poderia haver incentivado o povo de Deus a evitar os males que eram praticados nas nações circunvizinhas. Poderia ter usado a sabedoria que Deus lhe dera e o poder de influência na organização e direção de um grande movimento missionário para iluminação dos que não conheciam a Deus e Sua verdade. Deste modo multidões teriam sido ganhas para a lealdade ao Rei dos reis. FEC 498 2 Satanás bem sabia os resultados que se seguiriam à obediência; e durante os primeiros anos do reinado de Salomão -- anos gloriosos por causa da sabedoria, beneficência e retidão do rei -- ele procurou introduzir influências que haviam de minar insidiosamente a lealdade de Salomão aos princípios e fazê-lo separar-se de Deus. E que o inimigo foi bem-sucedido nesse esforço, sabemos pelo relato: "Salomão aparentou-se com Faraó, rei do Egito, pois tomou por mulher a filha de Faraó, e a trouxe à cidade de Davi." FEC 498 3 Formando aliança com uma nação pagã, e selando o pacto pelo casamento com uma princesa idólatra, rejeitou Salomão temerariamente as sábias providências que Deus fizera para manter a pureza de Seu povo. A esperança de que essa esposa egípcia se convertesse não foi senão uma fraca desculpa ao pecado. Em violação de um positivo mandamento de permanecer separado de outras nações, o rei uniu sua força com o braço da carne. FEC 498 4 Por algum tempo, em Sua compassiva misericórdia, Deus dominou esse terrível erro. A mulher de Salomão se converteu; e o rei, por uma sábia direção, poderia ter feito muito para combater as forças do mal que sua imprudência pusera em operação. Salomão começou, porém, a perder de vista a Fonte de seu poder e glória. A inclinação tomou ascendência sobre a razão. À medida que crescia sua confiança em si mesmo, ele procurou cumprir os desígnios do Senhor ao seu próprio modo. Raciocinava que alianças políticas e comerciais com as nações circunvizinhas levariam essas nações ao conhecimento do verdadeiro Deus; e entrou assim em aliança profana com nação após nação. Freqüentemente essas alianças eram seladas pelo casamento com princesas pagãs. Os mandamentos de Jeová foram postos de lado em favor dos costumes dos povos ao redor. FEC 499 1 Durante os anos da apostasia de Salomão, o declínio espiritual de Israel foi rápido. Como poderia ter sido diferente, se o seu rei se unira com instrumentalidades satânicas? Através dessas instrumentalidades o inimigo operou para confundir a mente do povo com respeito ao verdadeiro e ao falso culto. Eles se tornaram presa fácil. O intercâmbio matrimonial com os pagãos tornou-se uma prática comum. Os israelitas depressa perderam sua repulsa pela idolatria. Adotaram-se costumes pagãos. Mães idólatras levaram seus filhos a observar ritos pagãos. A fé dos hebreus tornava-se rapidamente uma mistura de idéias confusas. O comércio com outras nações colocou os israelitas em íntimo contato com os que não tinham amor a Deus, e seu próprio amor por Ele foi grandemente diminuído. Seu agudo senso do elevado e santo caráter de Deus foi amortecido. Recusando seguir na trilha da obediência, transferiram sua vassalagem para Satanás. O inimigo regozijou-se no seu êxito em obliterar a imagem divina da mente das pessoas que Deus escolhera como Seus representantes. Por meio do intercâmbio matrimonial com os idólatras e da constante associação com eles, Satanás ocasionou aquilo pelo que estivera labutando há muito tempo -- a apostasia nacional. Alianças contrárias às escrituras FEC 499 2 O Senhor deseja que os Seus servos preservem seu caráter santo e peculiar. "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos", é a Sua ordem; "porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? ou que união do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como Ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." FEC 500 1 Nunca houve um tempo na história terrestre em que essa advertência fosse mais apropriada do que na atualidade. Muitos professos cristãos pensam, como Salomão, que se podem unir com os descrentes porque sua influência sobre os que se acham no erro será benéfica; mas muitas vezes eles próprios, enredados e vencidos, cedem sua fé sagrada, sacrificam os princípios e separam-se de Deus. Um passo em falso induz a outro, até que afinal eles se colocam onde não podem esperar romper as cadeias que os prendem. FEC 500 2 Deve a juventude cristã exercer grande cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidai, para que isso que agora julgais ser ouro puro, não se vos demonstre metal vil. As companhias profanas tendem a pôr empecilhos no caminho de vosso serviço a Deus, e muitas almas são arruinadas por uniões infelizes, quer em negócios quer no casamento, com os que não podem nunca elevar ou enobrecer. Os filhos de Deus não devem nunca aventurar-se a pisar terreno proibido. O casamento entre crentes e incrédulos é proibido por Deus. Mas muitas vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos, e formam-se casamentos não sancionados por Deus. Por causa disso muitos homens e mulheres estão sem esperança e sem Deus no mundo. Suas nobres aspirações estão amortecidas; por uma cadeia de circunstâncias eles se acham detidos na rede de Satanás. Os que são governados pela paixão e pelo impulso terão amarga messe a ceifar nesta vida, e sua conduta poderá resultar na perda de sua alma. A obra institucional FEC 501 1 Os que são colocados à frente das instituições do Senhor necessitam muito da força, graça e poder mantenedores de Deus, a fim de que não andem contrariamente aos sagrados princípios da verdade. Muitos, muitíssimos são tardos de compreensão no tocante à sua obrigação de preservar a verdade em sua pureza, não contaminada por um só vestígio de erro. Seu perigo está em conservarem a verdade em pouca estima, deixando assim nas mentes a impressão de que pouco importa o que cremos se, ao levarmos a cabo planos de invenção humana, podemos exaltar-nos perante o mundo como detentores de uma posição superior, como ocupando o mais alto lugar. FEC 501 2 Deus chama homens cujo coração seja tão fiel como o aço, que permaneçam firmes na integridade, intrépidos às circunstâncias. Ele chama homens que permaneçam separados dos inimigos da verdade. Chama homens que não ousarão recorrer ao braço da carne, associando-se com os mundanos a fim de conseguir meios para o avanço de Sua obra -- mesmo para a construção de instituições. Em virtude de sua aliança com incrédulos, Salomão adquiriu grande quantidade de ouro e prata; sua prosperidade, porém, tornou-se sua ruína. Os homens hoje não são mais sábios do que ele, e estão igualmente sujeitos a ceder às influências que causaram a sua derrota. Durante milhares de anos Satanás esteve adquirindo experiência na arte de enganar; e, aos que vivem nesta época, apresenta-se ele com poder quase irresistível. Nossa única segurança encontra-se na obediência à Palavra de Deus, a qual nos foi dada como guia e conselheiro infalíveis. O povo atual de Deus deve conservar-se distinto e separado do mundo, de seu espírito e de suas influências. FEC 501 3 "Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos." Ouviremos a voz de Deus e obedeceremos, ou faremos parcialmente a obra em apreço e procuraremos servir a Deus e a Mamom? Há trabalho importante diante de cada um de nós. Pensamentos corretos, e propósitos puros e santos, não nos vêm espontaneamente. Temos que lutar por eles. Os puros e santos princípios devem lançar raízes em todas as nossas instituições, nossas casas publicadoras, colégios e sanatórios. Se as nossas instituições forem o que Deus deseja que elas sejam, os que com elas estão associados não se amoldarão às instituições mundanas. Elas permanecerão peculiares, governadas e controladas pelas normas bíblicas. Não se harmonizarão com os princípios do mundo para conseguir apoio. Motivo algum terá suficiente força para movê-las dos retos caminhos do dever. Os que estão sob o controle do Espírito de Deus não buscarão o seu próprio prazer ou divertimento. Se Cristo reinar no coração dos membros de Sua igreja, eles atenderão ao apelo: "Retirai-vos do meio deles, separai-vos". "Não sejais participantes dos seus pecados." FEC 502 1 Deus quer que aprendamos a solene lição de que estamos decidindo nosso próprio destino. O caráter que formamos nesta vida determina se estamos ou não habilitados para viver pelos séculos eternos. Ninguém pode com segurança tentar servir a Deus e a Mamom. Deus é perfeitamente capaz de guardar-nos no mundo, mas não do mundo. Seu amor não é incerto e vacilante. Ele vigia sempre sobre Seus filhos com um cuidado que é incomensurável e eterno. Mas requer que Lhe dediquemos submissão integral. "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." FEC 502 2 Salomão fora dotado com maravilhosa sabedoria; mas o mundo afastou-o de Deus. Precisamos guardar nossa alma com toda a diligência, para que os cuidados e as atrações do mundo não absorvam o tempo que deve ser dedicado às coisas eternas. Assim como Deus advertiu a Salomão, também nos adverte hoje a que não ponhamos em perigo nossa alma pela afinidade com o mundo. "Retirai-vos do meio deles", pede Ele, "separai-vos...; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." -- The Review and Herald, 1 de Fevereiro de 1906. ------------------------Capítulo 66 -- Os professores como exemplos de integridade cristã FEC 504 1 Tenho uma mensagem para os que estão à frente de nossas instituições educacionais. Sou instruída a chamar a atenção de todos quantos ocupam uma posição de responsabilidade, para a lei divina como base de toda conduta correta. Devo começar chamando a atenção para a lei dada no Éden, e para a recompensa da obediência e o castigo da desobediência. FEC 504 2 Como resultado da transgressão de Adão, o pecado penetrou no belo mundo criado por Deus, e os homens e as mulheres tornaram-se cada vez mais ousados em desobedecer a Sua lei. O Senhor olhou para o mundo impenitente, e decidiu que precisava dar aos transgressores uma exibição de Seu poder. Ele revelou Seu propósito a Noé, e recomendou-lhe que advertisse o povo enquanto construía uma arca na qual os obedientes pudessem encontrar abrigo até haver passado a indignação divina. Durante cento e vinte anos, Noé proclamou a mensagem de advertência ao mundo antediluviano; mas bem poucos se arrependeram. Alguns dos carpinteiros que ele empregou na construção da arca creram na mensagem, mas morreram antes do Dilúvio; outros conversos de Noé apostataram. Os justos sobre a Terra eram poucos, e só oito viveram até entrar na arca. Estes foram Noé e sua família. FEC 504 3 A raça rebelde foi exterminada pelo Dilúvio. A morte constituiu o seu quinhão. Pelo cumprimento da advertência profética de que todos quantos não quisessem guardar os mandamentos do Céu haveriam de beber as águas do Dilúvio, foi exemplificada a verdade da Palavra de Deus. FEC 504 4 Após o Dilúvio as pessoas aumentaram novamente sobre a Terra, e a perversidade também aumentou. A idolatria tornou-se quase universal, e o Senhor deixou finalmente que os transgressores empedernidos seguissem seus maus caminhos, enquanto escolhia a Abraão, da linhagem de Sem, e o tornava o defensor de Sua lei para gerações futuras. Veio-lhe a mensagem: "Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei." Pela fé Abraão obedeceu; "e partiu sem saber aonde ia". FEC 505 1 A descendência de Abraão se multiplicou, e finalmente Jacó, seus filhos e suas famílias desceram ao Egito. Eles e seus descendentes permaneceram ali durante muitos anos, até afinal o Senhor os chamar para fora, a fim de conduzi-los à terra de Canaã. Era Seu desígnio fazer desta nação de escravos um povo que revelasse Seu caráter às nações idólatras do mundo. Se houvessem sido obedientes à Sua palavra, logo teriam entrado na terra prometida. Eles foram, porém, desobedientes e rebeldes, e durante quarenta anos viajaram no deserto. Só dois dos adultos que saíram do Egito entraram em Canaã. FEC 505 2 Foi durante a peregrinação dos israelitas no deserto que Deus lhes deu Sua lei. Ele conduziu-os ao Sinai, e ali, no meio de cenas de terrível magnificência, proclamou os Dez Mandamentos. FEC 505 3 Podemos com proveito estudar o relato dos preparativos feitos pela congregação de Israel para ouvir a lei. "No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto de Sinai. Tendo partido de Refidim, vieram ao deserto de Sinai, no qual se acamparam; ali, pois, se acampou Israel em frente do monte. Subiu Moisés a Deus, e do monte o Senhor o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos cheguei a Mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes a Minha aliança, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda a Terra é Minha." FEC 505 4 Quem, então, deve ser considerado como o Soberano das nações? -- O Senhor Deus Onipotente. Todos os reis, todos os governadores, todas as nações, são Seus e estão sob Seu domínio e autoridade. FEC 506 1 "Veio Moisés, chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe havia ordenado." FEC 506 2 Qual foi a resposta da congregação, em número de mais de um milhão de pessoas? FEC 506 3 "Então o povo respondeu à uma: Tudo o que o Senhor falou, faremos. E Moisés relatou ao Senhor as palavras do povo." FEC 506 4 Assim os filhos de Israel foram denominados povo especial. Por meio de soleníssimo concerto comprometeram-se a ser leais a Deus. FEC 506 5 Ordenou-se, então, que o povo se preparasse para ouvir a lei. Na manhã do terceiro dia foi ouvida a voz de Deus. Falando da espessa escuridão que O envolvia, encontrando-Se Ele sobre o monte, rodeado de um séquito de anjos, o Senhor deu a conhecer a Sua lei. FEC 506 6 Deus associou a proclamação de Sua lei com manifestações de Seu poder e glória, para que o povo ficasse imbuído de profunda veneração pelo Autor da lei, o Criador do Céu e da Terra. Queria também mostrar a todos os homens a santidade, a importância e a estabilidade de Sua lei. FEC 506 7 O povo de Israel ficou possuído de terror. Eles se afastaram da montanha com reverente temor. A multidão clamou a Moisés: "Fala-nos tu; porém não fale Deus conosco, para que não morramos." FEC 506 8 As mentes do povo, cegadas e degradadas pela escravidão, não estavam preparadas para apreciar plenamente os princípios de grande alcance dos dez preceitos de Deus. Para que as obrigações do Decálogo pudessem ser compreendidas e impostas de maneira mais completa, foram dados preceitos adicionais, ilustrando e aplicando os preceitos dos Dez Mandamentos. Ao contrário do Decálogo, estes foram transmitidos em particular a Moisés, o qual devia comunicá-los ao povo. FEC 506 9 Ao descer do monte, "veio, pois, Moisés, e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que falou o Senhor, faremos. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado pela manhã de madrugada, erigiu um altar ao pé do monte, e doze colunas, segundo as doze tribos de Israel. E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao Senhor holocaustos, e sacrifícios pacíficos de novilhos. Moisés tomou metade do sangue, e o pôs em bacias; e outra metade espargiu sobre o altar. E tomou o livro da aliança, e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos. Então tomou Moisés aquele sangue e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras". FEC 507 1 Assim, por meio de soleníssima cerimônia, os filhos de Israel foram mais uma vez separados como povo peculiar. O espargir do sangue representava o derramamento do sangue de Jesus, pelo qual os seres humanos são purificados do pecado. FEC 507 2 O Senhor tem novamente palavras especiais a serem dirigidas a Seu povo. Lemos no capítulo trinta e um do livro de Êxodo: FEC 507 3 "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica. ... Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre Mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com ele no Monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." FEC 508 1 Foram-me apresentados muitos outros textos acerca da santidade da lei de Deus. Cena após cena, estendendo-se até o tempo presente, passou perante mim. As palavras proferidas por Deus a Israel foram confirmadas. O povo desobedeceu, e só dois dos adultos que saíram do Egito entraram em Canaã. Os outros morreram no deserto. Não vindicará o Senhor Sua Palavra hoje em dia, se os dirigentes de Seu povo se afastarem de Seus mandamentos? FEC 508 2 Minha atenção foi chamada para o quarto capítulo de Deuteronômio. Deve ser estudado todo este capítulo. Notai especialmente a declaração: "Por isso hoje saberás, e refletirás no teu coração, que só o Senhor é Deus em cima no Céu, e embaixo na Terra; nenhum outro há. Guarda, pois, os Seus estatutos e os Seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que te vá bem a ti, e a teus filhos depois de ti, e para que prolongues os dias na terra que o Senhor teu Deus te dá para todo o sempre." FEC 508 3 Os capítulos oito e onze de Deuteronômio também significam muito para nós. As lições neles contidas são de suma importância, e são dadas a nós tão verdadeiramente como aos israelitas. Deus declara no capítulo onze: FEC 508 4 "Eis que hoje Eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno para seguirdes outros deuses que não conhecestes." FEC 508 5 Como mensageira do Senhor, tenho sido instruída a alongar-me particularmente sobre o relato do pecado de Moisés e seu triste resultado, como solene lição para os que ocupam posições de responsabilidade em nossas escolas, e especialmente para os que desempenham a função de diretores dessas instituições. FEC 508 6 Diz a Palavra de Deus a respeito de Moisés: "Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a Terra." Por muito tempo ele suportara a rebelião e obstinação de Israel. Mas afinal sua paciência falhou. Eles se encontravam nas fronteiras da terra prometida. Antes, porém, de entrarem em Canaã, precisavam demonstrar que criam nas promessas de Deus. A provisão de água acabou. Era esta uma oportunidade para andarem por fé, e não por vista. Mas eles olvidaram a Mão que por tantos anos suprira suas necessidades, e, em vez de se volverem para Deus em busca de auxílio, murmuraram contra Ele. FEC 509 1 Seus clamores foram dirigidos contra Moisés e Arão: "Por que trouxestes a congregação do Senhor a este deserto, para morrermos aí, nós e os nossos animais? E por que nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este mau lugar, que não é de cereais, nem de figos, nem de vides, nem de romãs, nem de água para beber?" FEC 509 2 Os dois irmãos colocaram-se à frente da multidão. Mas, em vez de falar à rocha, como Deus ordenara, Moisés feriu a rocha iradamente, clamando: "Ouvi, agora, rebeldes, porventura faremos sair água desta rocha para vós?" FEC 509 3 Amargo e profundamente humilhante foi o juízo proferido imediatamente. "Visto que não crestes em Mim, para Me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não fareis entrar este povo na terra que lhe dei." Teriam de morrer com o rebelde Israel antes de atravessar o Jordão. FEC 509 4 Da experiência de Moisés, o Senhor quer que Seu povo aprenda que quando eles fazem o que dá preeminência ao próprio eu, Sua obra é negligenciada e Ele é desonrado. O Senhor Se oporá aos que trabalham contra Ele. Seu nome, e só este, deve ser engrandecido na Terra. FEC 509 5 Por mais de vinte anos têm ocorrido coisas estranhas entre nós, em ocasiões diferentes. Os que se tornaram infiéis e que não exaltaram os princípios da justiça, devem agora buscar o Senhor com profunda humilhação da alma, e converter-se, para que Deus possa curar as suas transgressões. FEC 510 1 Aquele que está à frente de uma escola deve dedicar todos os seus interesses à obra de torná-la exatamente o que o Senhor quer que ela seja. Se ele ambiciona subir cada vez mais alto, se se coloca acima das reais virtudes de seu trabalho e acima de sua simplicidade, e despreza os santos princípios do Céu, aprenda ele da experiência de Moisés que o Senhor certamente manifestará Seu desagrado para com o seu fracasso em atingir à norma colocada diante dele. FEC 510 2 Em especial, deve o diretor de uma escola cuidar atentamente das finanças da instituição. Deve compreender os princípios básicos da contabilidade. Cumpre-lhe relatar fielmente o emprego de todo o dinheiro que passe pelas suas mãos para o uso da escola. Não devem os fundos da escola ser retirados em excesso, mas se deve envidar todo esforço para aumentar a utilidade da escola. Aqueles a quem foi confiada a direção das finanças de nossas instituições educacionais não devem permitir nenhum descuido no dispêndio dos meios. Tudo o que se relacione com as finanças de nossas escolas deve ser perfeitamente correto. As maneiras de Deus, devem ser estritamente seguidas, embora isso não esteja em harmonia com as maneiras dos homens. FEC 510 3 Desejo dizer aos que dirigem nossas escolas: Estais tornando a Deus e Sua lei vosso deleite? Os princípios que adotais são corretos, puros e genuínos? Na vida prática, mantendes a vós mesmos sob o controle de Deus? Compreendeis a necessidade de obedecer-Lhe em todos os pormenores? Se fordes tentados a empregar o dinheiro que entra em nossas escolas de maneira que nenhum benefício especial lhes traga, vossa norma de princípios precisa ser cuidadosamente criticada, para que não chegue o tempo em que tenhais de ser criticados e achados em falta. Quem é o vosso guarda-livros? Quem é o vosso tesoureiro? Quem é o vosso gerente financeiro? São cuidadosos e competentes? Vede isto. É possível ser o dinheiro mal-empregado, sem que se entenda claramente como isso veio a acontecer; e é possível uma escola estar continuamente perdendo, devido a gastos nada sensatos. Podem as pessoas encarregadas sentir agudamente essa perda e ainda supor que fizeram o melhor que podiam. Mas por que permitem que as dívidas se acumulem? Verifiquem cada mês os responsáveis por uma escola a sua verdadeira situação financeira. FEC 511 1 Meus irmãos de responsabilidade, exaltai a lei do reino de Cristo prestando-lhe obediência voluntária. Se vós mesmos não estais sob o controle do Soberano do Universo, como podeis obedecer a Sua lei, segundo é requerido em Sua Palavra? Aqueles que foram colocados em posições de autoridade são, eles próprios, os que necessitam compreender perfeitamente sua responsabilidade para com a lei de Deus e a importância de obedecer a todos os seus requisitos. FEC 511 2 Nalguns aspectos, muitos dos que se acham ligados a nossas escolas deveriam estar numa plataforma mais elevada. Sabemos que alguns têm o resoluto propósito de ser obedientes a toda palavra que procede da boca de Deus. A tais homens e mulheres será concedido poder intelectual para discernir a diferença entre a justiça e a iniqüidade. Possuem a fé que atua pelo amor e purifica a alma, e revelam Deus ao mundo. FEC 511 3 Todos nós precisamos obter muito mais profunda experiência nas coisas de Deus do que temos obtido. O próprio eu tem de morrer, e Cristo deve tomar posse do templo da alma Médicos, ministros, professores e todos os outros em posições de responsabilidade precisam aprender a humildade de Cristo antes que Ele possa ser revelado neles. Com demasiada frequência, o próprio eu é uma força tão importante na vida de um homem, que o Senhor não é capaz de moldá-lo e modelá-lo. O próprio eu domina a torto e a direito, e a pessoa se lança à frente do modo como lhe apraz. Cristo diz ao próprio eu: "Saia do Meu caminho. Todo aquele que quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me. Então posso aceitá-lo como Meu discípulo. A fim de servir-Me satisfatoriamente, ele deve fazer a obra que lhe dei em harmonia com as Minhas instruções." -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1906, p. 16. ------------------------Capítulo 67 -- O essencial na educação FEC 512 1 A educação mais essencial a ser obtida por nossos jovens hoje em dia, e que os habilitará para os cursos superiores da escola do alto, é a que os ensinará a revelar ao mundo a vontade de Deus. Negligenciar este aspecto de seu preparo e introduzir em nossas escolas um método mundano, é causar prejuízo tanto aos professores como aos alunos. FEC 512 2 Pouco antes de ser levado para o Céu, Elias visitou as escolas dos profetas e instruiu os alunos sobre os pontos mais importantes de sua educação. As lições que lhes havia transmitido em visitas anteriores, ele as repetiu agora, inculcando na mente dos jovens a importância de deixarem a simplicidade assinalar todo aspecto de sua educação. Deste modo, unicamente, poderiam receber o molde do Céu e sair a trabalhar segundo a vontade do Senhor. Se forem dirigidas de acordo com o desígnio de Deus, nossas escolas nestes dias finais da mensagem efetuarão uma obra semelhante à que foi efetuada pelas escolas dos profetas. FEC 512 3 Os que saem de nossas escolas para se empenharem na obra missionária terão necessidade de experiência no cultivo do solo e em outros ramos do trabalho manual. Devem receber um preparo que os habilite a se apoderarem de qualquer ramo de trabalho nos campos a que serão chamados. Nenhum trabalho será mais eficaz do que aquele que é realizado pelos que, tendo obtido uma educação na vida prática, saem preparados para instruir assim como foram instruídos. FEC 512 4 Em Seus ensinos o Salvador representou o mundo como uma vinha. Faremos bem em estudar as parábolas em que é usada esta figura. Se em nossas escolas a terra fosse cultivada com mais fidelidade, e os edifícios mais desinteressadamente cuidados pelos alunos, o amor pelos esportes e diversões, que ocasiona tanta perplexidade em nossa obra educacional, se dissiparia. FEC 512 5 Quando o Senhor colocou nossos primeiros pais no Jardim do Éden, fê-lo com a recomendação de que o "cultivassem" e o "guardassem". Deus concluíra a obra da criação e declarara que todas as coisas eram muito boas. Tudo correspondia à finalidade com que fora feito. Enquanto Adão e Eva obedeceram a Deus, seus trabalhos no jardim eram um prazer; a Terra produzia em abundância para suprir-lhes as necessidades. Mas quando o homem se afastou de sua obediência a Deus, foi condenado a lutar com as sementes da semeadura de Satanás e a ganhar o pão no suor do rosto. Dali em diante ele teria de batalhar, em meio de labutas e privações, contra o poder ao qual submetera sua vontade. FEC 513 1 Era desígnio de Deus eliminar pela labuta o mal que o homem introduzira no mundo pela desobediência. Por meio da labuta as tentações de Satanás poderiam tornar-se ineficazes, e ser detida a maré do mal. O Filho de Deus foi dado ao mundo para que por Sua morte fizesse expiação pelos pecados deste último e por Sua vida ensinasse aos homens como deviam ser frustrados os planos do inimigo. Assumindo a natureza humana, Cristo granjeou as simpatias e os interesses de Seus irmãos, e por uma vida de infatigável labuta ensinou como os homens poderiam tornar-se cooperadores de Deus na edificação de Seu reino no mundo. FEC 513 2 Se os que receberam instrução no tocante ao plano de Deus para a educação dos jovens nestes últimos dias submeterem a vontade a Deus, Ele lhes ensinará Sua vontade e Seu caminho. Cristo deve ser o Mestre em todas as nossas escolas. Se os professores e os alunos Lhe derem o lugar a que tem direito, Ele operará por intermédio deles para levar a cabo o plano da redenção. FEC 513 3 Os alunos devem ser ensinados a buscar o conselho de Deus em oração. Devem ser ensinados a olhar para seu Criador como Guia infalível. Devem aprender as lições de clemência e confiança, de verdadeira bondade e afabilidade de coração. Devem aprender a lição da perseverança. Seu caráter deve corresponder às palavras de Davi: "Que nossos filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas, e nossas filhas como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio." Em tudo isso eles estão-se habilitando para o serviço no campo missionário. FEC 514 1 O estudante convertido quebrou a cadeia que o prendia ao serviço do pecado e se colocou na devida relação para com Deus. Seu nome é inscrito no livro da vida do Cordeiro. Encontra-se sob a solene obrigação de renunciar ao mal e colocar-se sob a jurisdição de Deus. Deve apegar-se a Cristo por meio de fervorosa oração. Negligenciar isto, rejeitar o Seu serviço, é perder o favor do Grande Mestre, e tornar-se o joguete das artimanhas de Satanás. Era o desígnio do Céu, pelo infinito sacrifício de Cristo, reintegrar os homens e as mulheres no favor de Deus. A educação que põe o estudante em íntima relação com o Mestre enviado por Deus, é verdadeira educação. FEC 514 2 Os filhos de Deus são os Seus instrumentos escolhidos para o engrandecimento de Sua igreja na Terra. Eles devem buscar o conselho de Deus. Diversões e entretenimentos mundanos não devem ter lugar na vida do cristão. Em seguir o caminho do Senhor deve estar a força de Seu povo. Sua fé na dádiva do Filho unigênito de Deus deve ser patente. Isto causará sua impressão na mente das pessoas mundanas. Aquele que assume uma posição separada do mundo e procura tornar-se um com Cristo, será bem-sucedido em atrair almas para Deus. A graça de Cristo será tão evidente em sua vida, que o mundo reconhecerá que ele esteve com Jesus, e dEle aprendeu. FEC 514 3 "Vai hoje trabalhar na Minha vinha", ordena o Salvador. "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." Todos os que pretendem ser filhos do Rei celestial procurem constantemente representar os princípios do reino de Deus. Lembre-se cada um de que no espírito, nas palavras e nas obras deve ser leal e fiel a todos os preceitos e mandamentos do Senhor. Devemos ser leais e fidedignos súditos do reino de Cristo, para que os que são sábios segundo o mundo tenham uma verdadeira representação das riquezas, da bondade, da misericórdia, da delicadeza e da cortesia dos cidadãos do reino de Deus. -- The Review and Herald, 24 de Outubro de 1907. ------------------------Capítulo 68 -- Uma mensagem aos professores FEC 516 1 Foi-me dada uma mensagem para os professores de todas as nossas escolas. Os que aceitam a sagrada responsabilidade que repousa sobre os professores precisam estar continuamente avançando em sua experiência. Não devem contentar-se em permanecer na planície, mas devem estar sempre ascendendo em direção ao Céu. Tendo nas mãos a Palavra de Deus e sendo conduzidos à diligência pelo amor às almas, devem avançar passo a passo em eficiência. FEC 516 2 Profunda experiência cristã será associada à obra da verdadeira educação. Nossas escolas devem avançar firmemente no desenvolvimento cristão; e para fazer isto, as palavras e o exemplo do professor devem ser um constante auxílio. "Também vós mesmos, como pedras que vivem", declara o apóstolo, "sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." Seria bom que todo professor e aluno estudasse atentamente estas palavras fazendo a si mesmo a pergunta: Estou eu, por meio da abundante graça provida, obtendo a própria experiência que, como filho de Deus, preciso ter a fim de avançar constantemente passo a passo ao nível mais elevado? FEC 516 3 Em todo ramo de instrução, os professores devem procurar transmitir a luz da Palavra de Deus e mostrar a importância de obedecer a um "Assim diz o Senhor". A educação deve ser de tal natureza que os alunos façam dos princípios corretos o guia de toda ação. Esta é a educação que subsistirá pelos séculos eternos. FEC 516 4 Foram-me dadas palavras de advertência aos professores de todas as nossas escolas estabelecidas. A obra de nossas escolas deve receber um cunho diferente do que é recebido por algumas de nossas escolas mais populares. O simples estudo dos compêndios comuns não é suficiente; e muitos dos livros que têm sido usados são desnecessários para as escolas estabelecidas com o objetivo de preparar alunos para a escola do alto. Como resultado, os alunos dessas escolas não estão recebendo a mais perfeita educação cristã. São negligenciados os próprios pontos de estudo que são mais necessários a fim de preparar os estudantes para enfrentarem o último grande exame, e habilitá-los para a obra missionária nos campos nacionais e estrangeiros. A educação necessária agora é a que habilitará os alunos para a obra missionária prática, ensinando-os a colocar toda faculdade sob o controle do Espírito de Deus. O livro do mais alto valor é o que contém as instruções de Cristo, o Mestre dos mestres. FEC 517 1 O Senhor espera que nossos professores excluam de nossas escolas os livros que ensinam conceitos que não estão de acordo com Sua Palavra, e dêem lugar aos livros do mais alto valor. É o desígnio do Senhor que os professores de nossas escolas sobrepujem em sabedoria a sabedoria do mundo, porque estudam a Sua sabedoria. Deus será honrado quando os professores de nossas escolas, desde os cursos superiores até os mais baixos, revelarem ao mundo que possuem mais do que simples sabedoria humana, pelo fato de estar à sua frente o Mestre por excelência. FEC 517 2 Nossos professores precisam estar constantemente aprendendo. Todos os reformadores devem colocar-se sob a disciplina de Deus. Sua própria vida precisa ser reformada, seu próprio coração enternecido pela graça de Cristo. Todo hábito e idéia mundanos que não estão em harmonia com a vontade de Deus devem ser abandonados. FEC 517 3 Quando Nicodemos, douto mestre em Israel, foi ter com Jesus a fim de inquiri-Lo, Cristo apresentou-lhe os princípios fundamentais. Embora ocupasse honrosa posição em Israel, Nicodemos não tinha correta noção do que devia ser um mestre em Israel. Necessitava de instrução acerca dos próprios princípios fundamentais da vida religiosa, pois não aprendera o alfabeto da verdadeira experiência cristã. FEC 517 4 Em resposta à instrução de Cristo, disse Nicodemos: "Como pode suceder isto?" Cristo replicou: "Tu és mestre em Israel, e não compreendes estas coisas?" A mesma pergunta poderia ser feita a muitos que ocupam posições de responsabilidade como professores, médicos e ministros do evangelho, mas têm negligenciado a parte mais essencial de sua educação, que os habilitaria a lidar com as mentes humanas de maneira semelhante à de Cristo. FEC 518 1 Na instrução que Cristo deu a Seus discípulos e às pessoas de todas as classes que vieram ouvir Suas palavras, havia aquilo que os elevava a um alto nível de pensamento e ação. Se as palavras de Cristo, em vez das palavras dos homens, fossem transmitidas aos estudantes hoje em dia, veríamos indícios de inteligência superior, de mais clara compreensão das coisas celestiais, de mais profundo conhecimento de Deus, de uma vida cristã mais pura e vigorosa. Cristo declarou: "Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê em Mim, tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. Este é o pão que desce do Céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém dele comer, viverá eternamente." FEC 518 2 "Jesus, sabendo por Si mesmo que eles murmuravam a respeito de Suas palavras, interpelou-os: Isto vos escandaliza? Que será, pois, se virdes o Filho do homem subir para o lugar onde primeiro estava? O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito, são espírito e são vida." FEC 518 3 Demoramos a compreender o quanto precisamos estudar as palavras de Cristo e Seus métodos de trabalho. Se os Seus ensinos fossem melhor compreendidos, grande parte da instrução que agora é ministrada em nossas escolas seria avaliada pelo seu devido valor. Ver-se-ia que muito do que agora é ensinado não desenvolve a singeleza da piedade na vida dos estudantes. A sabedoria finita receberia então menos honra, e a Palavra de Deus ocuparia uma posição mais honrosa. FEC 518 4 Quando nossos professores estiverem verdadeiramente convertidos, terão fome de alma pelo conhecimento de Deus, e, como humildes discípulos na escola de Cristo, estudarão para conhecer Sua justiça. Retos princípios dominarão a vida, e serão ensinados como os princípios que regem a educação celestial. Quando os professores procurarem de todo o coração introduzir corretos princípios na obra educacional, anjos de Deus estarão presentes para causar impressões no coração e na mente. -- The Review and Herald, 7 de Novembro de 1907. ------------------------Capítulo 69 -- Providência em favor de nossas escolas Um apelo a pastores, médicos e professores no sul da Califórnia FEC 520 1 Os homens colocados como líderes em qualquer parte da solene obra da última mensagem evangélica devem cultivar e acalentar amplos pontos de vista e idéias. É o privilégio de todos os que assumem responsabilidades na obra do evangelho serem hábeis discípulos na escola de Cristo. O professo seguidor de Cristo não deve ser guiado pelos ditames de sua própria vontade; sua mente deve ser ensinada a pensar os pensamentos de Cristo e iluminada para compreender a vontade e o caminho de Deus. Tal crente será um seguidor dos métodos de trabalho de Cristo. FEC 520 2 Nossos irmãos não devem olvidar que a sabedoria de Deus tomou providências em favor de nossas escolas de maneira a trazer bênçãos a todos quantos participam no empreendimento. O livro Parábolas de Jesus foi doado para a obra educacional, a fim de que os alunos e outros amigos das escolas pudessem manusear esses livros e, por sua venda, angariar grande parte dos recursos necessários para saldar o débito da escola. Mas este plano não tem sido apresentado a nossas escolas como deveria ser; os professores e os alunos não foram ensinados a pegar esse livro e promover corajosamente sua venda para benefício da obra educacional. FEC 520 3 Há muito tempo, os professores e os alunos de nossas escolas deveriam ter aprendido a aproveitar a oportunidade de angariar recursos pela venda de Parábolas de Jesus. Vendendo estes livros os alunos estarão servindo à causa de Deus, e, enquanto fizerem isso, pela disseminação de preciosa luz, aprenderão inestimáveis lições na experiência cristã. Todas as nossas escolas devem agora alinhar-se, procurando diligentemente cumprir o plano apresentado a nós para a educação dos obreiros, para o amparo das escolas e para a conquista de almas para a causa de Cristo. FEC 520 4 Nas cidades de Riverside, Redlands e São Bernardino acha-se aberto diante de nós um campo missionário no qual, até agora, apenas tocamos com as pontas dos dedos. Foi realizada ali uma boa obra até o ponto em que nossos obreiros tiveram estímulo para efetuá-lo; há, porém, necessidade de meios para levar avante a obra com êxito. Era o desígnio de Deus que pela venda dos livros A Ciência do Bom Viver e Parábolas de Jesus fossem angariados muitos recursos para a obra de nossos sanatórios e escolas, e que desse modo nosso povo se sentisse mais livre para doar de seus meios para a abertura da obra em novos campos missionários. Se nosso povo se empenhar agora na venda desses livros como deve fazer, teremos muito mais recursos para conduzir a obra do modo como o Senhor deseja. FEC 521 1 Onde quer que o trabalho de vender Parábolas de Jesus foi empreendido ardorosamente, o livro tem produzido bom resultado. E as lições aprendidas pelos que se empenharam nessa obra têm compensado sobejamente os seus esforços. E agora todo o nosso povo deve ser incentivado a participar desse esforço missionário especial. Tem-me sido dada a luz de que, de toda maneira possível, devem ser concedidas instruções a nosso povo quanto aos melhores métodos de apresentar esses livros às pessoas. FEC 521 2 Fui instruída a respeito de que em nossas grandes reuniões devem estar presentes obreiros que ensinem nosso povo a semear as sementes da verdade. Isto significa mais do que ensiná-los a vender a revista Signs of the Times e outros periódicos. Abrange cabal instrução sobre o manuseio de livros como Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver. Estes são livros que contêm preciosas verdades e dos quais o leitor pode extrair lições do mais alto valor. FEC 521 3 Por que não foi designado alguém na vossa reunião campal [em 1907] para apresentar a nosso povo as vantagens deste aspecto da obra? Devido à omissão em fazer isso, perdestes uma preciosa oportunidade de colocar grandes bênçãos ao alcance das pessoas, e perdestes também a oportunidade de angariar meios para amparo de nossas instituições. Meus irmãos, incentivemos nosso povo a assumir esta obra sem mais delongas. FEC 521 4 Há alguns que têm tido experiência na venda de alimentos saudáveis, os quais deveriam interessar-se agora na venda de nossos preciosos livros; pois neles há alimento para a vida eterna. Los Angeles foi-me apresentada como um campo muito fecundo para a venda de Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver. Os milhares de habitantes transitórios e os visitantes tirariam proveito das lições contidas nestes livros, e os que têm responsabilidades em nossos sanatórios devem agir sensatamente nesta questão, incentivando a todos -- enfermeiros, auxiliares e alunos -- a reunir dessa maneira a maior quantidade possível do dinheiro requerido para cobrir as despesas das diferentes instituições. FEC 522 1 Por que nosso povo é tão tardo em compreender o que o Senhor quer que eles façam? Nossos dirigentes devem preparar-se com antecedência para aproveitar suas oportunidades de apresentar esses livros a nosso povo, em nossas grandes e pequenas reuniões, chamando voluntários que queiram empenhar-se em sua venda. Quando esta obra é assumida com o ardor que nossos tempos requerem, o débito que agora repousa sobre nossas escolas será grandemente diminuído. E então as pessoas que agora estão sendo convidadas a dar abundantemente de seus recursos para sustentar estas instituições, ficarão livres para empregar uma parte maior de suas ofertas na obra missionária em outros lugares necessitados, onde ainda não foram feitos esforços especiais. FEC 522 2 Grande benefício resultará de levar esses livros ao conhecimento dos dirigentes da União Feminina de Temperança Cristã. Devemos convidar esses obreiros a nossas reuniões e dar-lhes o ensejo de se familiarizarem com nosso povo. Colocai esses preciosos livros em suas mãos e contai-lhes a história de sua doação para a causa, e seus resultados. Explicai como, pela venda de A Ciência do Bom Viver, poderão ser levados ao sanatório, para tratamento, pacientes que jamais conseguiriam chegar ali sem ajuda; e como por esse meio será prestado auxílio no estabelecimento de sanatórios em lugares onde são grandemente necessários. Se nossos sanatórios forem sabiamente administrados por homens e mulheres que têm diante de si o temor do Senhor, eles serão um meio de colocar-nos em ligação com os obreiros na União Feminina de Temperança Cristã, e esses obreiros não demorarão a ver a vantagem do ramo médico de nossa obra. Como resultado de seu contato com nossa obra médica, alguns deles aprenderão verdades que necessitam saber para o aperfeiçoamento do caráter cristão. FEC 523 1 Um ponto que jamais deve ser olvidado por nossos obreiros é o de que o Senhor Jesus Cristo é nosso principal diretor. Ele delineou um plano pelo qual as escolas podem ser libertadas de seus débitos; e Ele não justificará o procedimento dos que põem este plano de lado por falta de confiança em seu êxito. Quando Seu povo avançar unido em socorro de Sua causa na Terra, não lhes será negada nenhuma das boas coisas que o Senhor tem prometido. FEC 523 2 Em lugares como Los Angeles, onde a população está constantemente mudando, são apresentadas maravilhosas oportunidades para a venda de nossos livros. Tem havido grande perda porque nosso povo não tem aproveitado esta oportunidade de maneira mais completa. Por que não devem os professores e os alunos da Escola de São Fernando fazer de Los Angeles um campo especial para a venda de Parábolas de Jesus? Se com diligência e fé eles executarem o plano que nos foi dado no tocante ao uso deste livro, anjos de Deus acompanhar-lhes-ão os passos, e a bênção do Céu estará sobre os seus esforços. FEC 523 3 Teria sido excelente coisa se os professores da Escola de São Fernando tivessem, durante as férias, aproveitado essa oportunidade de promover a obra com o Parábolas de Jesus. Teriam encontrado uma bênção em sair com os alunos, ensinando-lhes como enfrentar as pessoas e como apresentar o livro. A história da doação do livro e sua finalidade levariam alguns a ter especial interesse no livro e na escola em cujo favor é vendido. FEC 523 4 Por que os professores de nossas escolas não fizeram mais desse trabalho? Se nosso povo tão-somente compreendesse isto, não haveria trabalho mais aceitável a ser efetuado no campo nacional do que empenhar-se na venda de Parábolas de Jesus; pois ao mesmo tempo que estão ajudando assim a cumprir o plano do Senhor para o amparo de nossas escolas, estão também levando ao conhecimento do povo as preciosas verdades da Palavra de Deus. FEC 524 1 A indiferença que alguns têm manifestado para com este empreendimento desagrada a Deus. Ele quer que tal empreendimento seja reconhecido por todo o nosso povo como o Seu método para livrar nossas escolas de dívidas. É pelo fato deste plano ter sido negligenciado que sentimos agora tão pungentemente nossa falta de recursos para o avanço da obra. Tivessem as escolas aproveitado a providência assim tomada em seu favor, haveria mais dinheiro na tesouraria escolar e mais dinheiro nas mãos do povo de Deus, para aliviar as necessidades de outros departamentos da causa; e, acima de tudo, os professores e os alunos teriam recebido as próprias lições que precisavam aprender no serviço do Mestre. FEC 524 2 Envio-vos estas linhas porque vejo que há necessidade de intuição mais profunda, de mais ampla percepção da parte de nossos obreiros médicos e educacionais, se desejam obter todo o benefício que Deus tenciona conceder-lhes mediante o uso de Parábolas de Jesus e de A Ciência do Bom Viver. Rogo-vos, meus irmãos, que leiais estas palavras para o nosso povo, a fim de que aprendam a revelar o espírito de sabedoria, de poder e de são discernimento. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1908. ------------------------Capítulo 70 -- Professor, conhece-te a ti mesmo FEC 525 1 Conhecer-se a si mesmo é grande conhecimento. Verdadeiro conhecimento de si próprio conduzirá a humildade, que deixará o Senhor educar a mente, e moldar e disciplinar o caráter. A virtude da humildade é grandemente necessária aos obreiros para Cristo neste período da história do mundo. Nenhum professor pode fazer trabalho aceitável sem ter em mente suas próprias deficiências e sem eliminar de suas cogitações todos os planos que debilitarão sua vida espiritual. Quando os professores estão dispostos a eliminar de sua obra tudo o que não é essencial à vida eterna, pode-se dizer realmente que estão desenvolvendo sua salvação com temor e tremor, e edificando sabiamente para a eternidade. FEC 525 2 Estou instruída a dizer que alguns de nossos professores se acham muito atrasados na compreensão da espécie de educação necessária para este período da história terrestre. Este não é um tempo para os estudantes estarem acumulando um conjunto de conhecimento que não poderão levar consigo para a escola do alto. Eliminemos cuidadosamente de nosso curso de estudos tudo quanto pode ser dispensado, a fim de que haja lugar na mente dos estudantes para serem introduzidas as sementes da justiça. Esta instrução produzirá fruto para a vida eterna. FEC 525 3 Todo professor deve aprender diariamente na escola de Cristo, para que não perca o senso do que constitui verdadeira excelência física, mental e moral. Ninguém deve colocar-se como mestre dos outros se não estiver constantemente desenvolvendo sua própria salvação ao receber e comunicar uma educação completa. O verdadeiro professor educar-se-á em excelência moral, para que por preceito e exemplo possa conduzir almas à compreensão das lições do Grande Mestre. Ninguém que se contente com uma baixa norma deve ser incentivado a assumir a obra de lecionar. Ninguém está habilitado a ensinar os grandiosos mistérios da piedade enquanto Cristo não é formado interiormente, a esperança da glória. FEC 526 1 Todo professor precisa receber a verdade por amor de seus princípios sagrados; então não poderá deixar de exercer uma influência purificadora e nobilitante. O professor cuja alma permanece em Cristo falará e agirá como cristão. Tal indivíduo não se contentará enquanto a verdade não purificar sua vida de tudo que é dispensável. Não estará satisfeito, a não ser que sua mente seja dia a dia moldada pelas santas influências do Espírito de Deus. Então Cristo pode falar ao coração, e Sua voz, dizendo: "Este é o caminho, andai por ele", será ouvida e obedecida. FEC 526 2 O professor que tem correta compreensão da obra da verdadeira educação não considerará suficiente fazer de vez em quando referências casuais a Cristo. Com o próprio coração aquecido pelo amor de Deus, ele exaltará constantemente o Homem do Calvário. Tendo a própria alma imbuída do Espírito de Deus, procurará fixar a atenção dos alunos no modelo, Cristo Jesus, o mais distinguido entre dez mil, Aquele que é totalmente desejável. FEC 526 3 O Espírito Santo é grandemente necessário em nossas escolas. Este agente divino vem ao mundo como representante de Cristo. Ele não é somente a testemunha fiel e verdadeira da Palavra de Deus, mas também o esquadrinhador dos pensamentos e desígnios do coração. Ele é a fonte a que devemos volver-nos em busca de eficiência na restauração da imagem moral de Deus no homem. O Espírito Santo era buscado ansiosamente nas escolas dos profetas; sua influência transformadora devia colocar até mesmo os pensamentos em harmonia com a vontade de Deus e estabelecer viva ligação entre a Terra e o Céu. FEC 526 4 Professores, se abrirdes o coração para a habitação do Espírito de Deus, se derdes bom acolhimento ao Hóspede celestial, Deus vos tornará Seus colaboradores. Em cooperação com o Mestre por excelência, será expelido o espírito de egoísmo e ocorrerão maravilhosas transformações. FEC 526 5 Durante a noite foram-me proferidas estas palavras: "Exorta os professores de nossas escolas a prepararem os alunos para o que sobrevirá ao mundo." O Senhor tem esperado por muito tempo que nossos professores andem na luz que lhes enviou. Há necessidade de humilhação do próprio eu, para que Cristo possa restaurar a imagem moral de Deus no homem. O caráter da educação ministrada precisa ser consideravelmente alterado antes que ela possa dar a devida feição a nossas instituições. É somente quando as faculdades intelectuais e morais são combinadas para se obter educação, que é alcançada a norma da Palavra de Deus. FEC 527 1 Estas palavras foram proferidas com clareza e vigor: "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. Avançai juntos; avançai juntos, e amai-vos como irmãos. Orai juntos." O Senhor pagou o preço de Seu próprio sangue pela salvação do mundo. Ele sofreu toda a espécie de afrontas que os homens e Satanás podiam inventar, para cumprir o plano da salvação. Não procure o professor exaltar a si próprio, mas veja a necessidade de aprender diariamente de Cristo e torná-Lo o modelo. Para os professores e os alunos nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo deve ser o único exemplo. FEC 527 2 Tende em mente que o Senhor só aceitará como professores os que queiram ser professores evangélicos. Repousa uma grande responsabilidade sobre os que se esforçam por ensinar a última mensagem do evangelho. Eles devem ser cooperadores de Deus na educação de mentes humanas. O professor que não mantém a norma bíblica sempre diante de si, perde uma oportunidade de ser cooperador de Deus em dar à mente a feição que é essencial para um lugar nas cortes celestiais. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1908. ------------------------Capítulo 71 -- A obra à nossa frente FEC 529 1 Há uma obra muito grande e importante a ser feita por nossas associações na América. Devemos conduzir a obra na América de tal maneira que sejamos um amparo e um auxílio para os que estão proclamando a mensagem em regiões distantes. Toda nação, língua e povo devem ser despertados e levados ao conhecimento da verdade. Algo está sendo feito, porém ainda há muito a ser efetuado, muito a ser aprendido aqui mesmo nesta associação, para que a obra avance de um modo que honre e glorifique a Deus. FEC 529 2 Minha alma tem estado tão oprimida que não consigo descansar. Sobre que aspecto podemos demorar-nos para causar a mais profunda impressão na mente humana? Há as nossas escolas. Elas devem ser dirigidas de tal maneira que desenvolvam missionários que saiam pelos caminhos e atalhos, semeando as sementes da verdade. Esta foi a ordem de Cristo a Seus seguidores. Eles deviam sair pelos caminhos e atalhos, levando a mensagem da verdade às almas que seriam conduzidas à fé do evangelho. Fiquei profundamente impressionada ao ver o quanto precisa ser feito nos lugares que visitei recentemente. Temos de levantar-nos na força de Deus para realizar esta obra. FEC 529 3 Em seu trabalho cada um dos obreiros deve olhar para Deus. Devemos labutar como homens e mulheres que têm viva ligação com Deus. Devemos aprender a entrar em contato com as pessoas onde elas estão. Não permitais que existam tais condições como as que encontramos nalguns lugares quando voltamos para a América, em que indivíduos membros de igreja, em vez de compreenderem sua responsabilidade, procuravam a orientação de homens; e pessoas a quem foram confiados sagrados e santos encargos na promoção da obra deixaram de compreender o valor da responsabilidade pessoal e assumiram a obra de ordenar e ditar o que seus irmãos deviam ou não deviam fazer. Estas coisas Deus não tolerará em Sua obra. Ele colocará os Seus encargos sobre os Seus agentes. Toda alma individual tem uma responsabilidade diante de Deus, e não deve ser arbitrariamente instruída por homens acerca do que tem de fazer, de dizer, e aonde deve ir. Não devemos depositar a confiança no conselho de homens e concordar com tudo o que eles dizem, a menos que tenhamos provas de que se acham sob a influência do Espírito de Deus. FEC 530 1 Estudai o primeiro e o segundo capítulos de Atos. Foi-me dada a luz de que nossa obra precisa ser levada avante de maneira mais elevada e ampla do que tem sido conduzida até agora. A luz do Céu deve ser apreciada e acalentada. Esta luz é para os trabalhadores. É para os que crêem que Deus lhes deu uma mensagem e que têm uma sagrada responsabilidade a desempenhar em sua proclamação. FEC 530 2 A mensagem da presente verdade deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Compreendamos isto, e cheguem os que foram colocados em posições de responsabilidade a tal unidade que a obra avance firmemente. Não permitais que algum homem se insinue como dominador arbitrário e diga: Deveis ir ali, e não acolá; deveis fazer isto, e não aquilo. Temos uma grande e importante obra a realizar, e Deus quer que a empreendamos inteligentemente. A colocação de homens em posições de responsabilidade nas diversas associações não os transforma em deuses. Ninguém possui suficiente sabedoria para agir sem buscar conselho. Os homens precisam consultar seus irmãos, deliberar juntos, orar juntos e planejar juntos para o avanço da obra. Ajoelhem-se os obreiros conjuntamente e orem a Deus, pedindo-Lhe que dirija o procedimento deles. Tem havido grande falta de nossa parte neste sentido. Temos confiado demais em projetos humanos. Não nos podemos permitir fazer isso. Tempos perigosos estão diante de nós, e devemos chegar à situação em que saibamos que o Senhor vive e reina e que habita no coração dos filhos dos homens. Precisamos ter confiança em Deus. FEC 530 3 Aonde quer que sejais enviados, abrigai no coração e na mente o temor e o amor de Deus. Dirigi-vos diariamente ao Senhor em busca de instrução e orientação; confiai em Deus quanto a luz e conhecimento. Orai por essa instrução e por essa luz até obtê-las. De nenhum proveito vos será pedir, e então olvidar aquilo pelo que orastes. Conservai o pensamento em vossa oração. Podeis fazer isto enquanto trabalhais com as mãos. Podeis dizer: Senhor, eu creio; creio de todo o coração. Permite que venha sobre mim o poder do Espírito Santo. FEC 531 1 Se entre nós houvesse mais oração, mais exercício de uma fé viva, e menos dependência de que alguma outra pessoa tenha uma experiência por nós, estaríamos muito à frente do que estamos hoje, em discernimento espiritual. O que necessitamos é de profunda experiência individual de coração e alma. Então seremos capazes de relatar o que Deus está fazendo e como Ele está operando. Precisamos de uma viva experiência nas coisas de Deus; e não estamos seguros se não a desfrutarmos. Há alguns que têm uma boa experiência e vos declaram algo a seu respeito, mas quando vos dais ao trabalho de avaliá-la, percebeis que não é uma experiência correta, pois não está em harmonia com um claro "Assim diz o Senhor". Se já houve um tempo em nossa história no qual deveríamos humilhar diante de Deus nossa alma individual, esse tempo é a época atual. Precisamos ir a Deus com fé em tudo o que é prometido na Palavra, e andar então em toda a luz e poder concedidos por Deus. FEC 531 2 Senti profunda emoção quando nossos irmãos que vieram de campos estrangeiros me contaram um pouco de suas experiências e do que o Senhor está fazendo no sentido de trazer almas para a verdade. É isto que carecemos neste tempo. Deus não quer que permaneçamos em ignorância. Deseja que compreendamos nossas responsabilidades individuais para com Ele. Revelar-se-á para toda alma que dEle se aproxime com toda a humildade e que O busque de todo o coração. FEC 531 3 Há escolas a serem estabelecidas em países estrangeiros e em nosso próprio país. Precisamos aprender de Deus como dirigir essas escolas. Elas não devem ser administradas como muitas o têm sido. Nossas instituições devem ser consideradas como instrumentos de Deus para a promoção de Sua obra na Terra. Precisamos volver-nos para Deus em busca de orientação e sabedoria; precisamos implorar-Lhe que nos ensine a conduzir a obra firmemente. Reconheçamos que o Senhor é nosso Mestre e Guia, e então conduziremos a obra de maneira correta. Devemos permanecer como um grupo unido que esteja inteiramente de acordo. Então veremos a salvação de Deus revelada à direita e à esquerda. Se trabalhamos em harmonia, damos a Deus a oportunidade de trabalhar em nosso favor. FEC 532 1 Em todas as nossas atividades escolares precisamos ter correta compreensão do que é a educação essencial. Os homens falam muito sobre educação superior, mas quem pode definir o que é educação superior? A educação mais elevada se encontra na Palavra do Deus vivo. Essa educação, que nos ensina a submeter a alma a Deus com toda a humildade e que nos habilita a aceitar a Palavra de Deus e crer exatamente o que ela diz, é a educação que é mais necessária. Por meio dessa educação veremos a salvação de Deus. Com o Espírito de Deus sobre nós, devemos levar a luz da verdade pelos caminhos e atalhos, para que a salvação de Deus possa ser revelada de maneira notável. FEC 532 2 Levaremos avante a obra segundo a vontade do Senhor? Estamos dispostos a ser ensinados por Deus? Lutaremos com Deus em oração? Receberemos o batismo do Espírito Santo? Isto é o que necessitamos e podemos ter neste tempo. Sairemos então com uma mensagem do Senhor, e a luz da verdade fulgirá como uma lâmpada que arde, estendendo-se a todas as partes do mundo. Se andarmos humildemente com Deus, Ele andará conosco. Humilhemos a alma diante dEle, e veremos a Sua salvação. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1909. ------------------------Capítulo 72 -- Conselho aos professores FEC 533 1 [No trajeto para a Associação Geral, a Sra. Ellen G. White e sua comitiva passaram cinco dias em College View. Sexta-feira de manhã ela falou a quinhentos estudantes na capela do colégio, e sábado e domingo dirigiu a palavra a grandes congregações na igreja. Segunda-feira de manhã, a pedido, ela teve um encontro com o corpo docente do colégio. O trecho que segue é uma parte de sua alocução aos trinta professores reunidos. -- W. C. White] FEC 533 2 Desejo ler II Coríntios, capítulo seis: FEC 533 3 "E nós, na qualidade de cooperadores com Ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus (porque Ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação: eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação); não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado. Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus; pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, e entretanto bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e contudo eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. ... FEC 533 4 "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? ou que união do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como Ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e Eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." FEC 534 1 Deveis estudar também o capítulo sete, mas não tomarei tempo para lê-lo agora. FEC 534 2 Há constante perigo entre o nosso povo de que os que se empenham no trabalho em nossas escolas e sanatórios abriguem a idéia de que precisam pôr-se em harmonia com o mundo, estudar as coisas que o mundo estuda e familiarizar-se com aquilo com que o mundo se familiariza. Este é um dos maiores erros que podem ser cometidos. Cometeremos graves erros, se não dermos especial atenção ao exame da Palavra. FEC 534 3 É feita a pergunta: Que é educação superior? Não existe educação mais elevada do que a que está contida nos princípios delineados nas palavras que li para vós do sexto capítulo de II Coríntios. Procurem nossos alunos diligentemente compreender isto. Não se pode adquirir uma educação mais elevada do que a que foi dada aos primeiros discípulos e que nos é transmitida por meio da Palavra. Oxalá o Santo Espírito de Deus nos impressione a mente com a convicção de que nada existe em todo o mundo, no setor da educação, que seja tão sublime como a instrução contida no sexto e sétimo capítulos de II Coríntios. Avancemos em nosso trabalho até onde nos conduzirá a Palavra de Deus. Labutemos inteligentemente por essa educação superior. Seja nossa retidão o sinal de nossa compreensão da vontade de Deus a nós confiada por Seus mensageiros. FEC 534 4 É o privilégio de todo crente fazer da vida e dos ensinos de Cristo o seu estudo diário. A educação cristã significa a aceitação, em sentimento e princípio, dos ensinos do Salvador. Abrange o consciencioso andar diário nas pegadas de Cristo, o qual consentiu em depor Sua vestimenta e coroa reais e vir a nosso mundo na forma humana, para que pudesse dar ao gênero humano um poder que eles não conseguiriam obter de nenhum outro modo. Qual era esse poder? É o poder resultante da união da natureza humana com a natureza divina, o poder de aceitar os ensinos de Cristo e segui-los ao pé da letra. Em Sua oposição ao mal e Seu trabalho em favor dos outros, Cristo estava dando aos homens um exemplo da mais elevada educação que alguém pode alcançar. FEC 535 1 O Filho de Deus foi rejeitado por aqueles a quem veio abençoar. Ele foi agarrado por mãos perversas e crucificado. Mas depois de ressuscitar dentre os mortos, esteve quarenta dias com os Seus discípulos, e deu-lhes nesse tempo preciosíssimas instruções. Expôs a Seus seguidores os princípios fundamentais da educação superior. E quando estava prestes a deixá-los e ir para junto de Seu Pai, Suas últimas palavras a eles foram as seguintes: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." FEC 535 2 A muitos que põem seus filhos em nossas escolas sobrevirão fortes tentações pelo fato de desejarem que eles obtenham o que o mundo considera como a educação mais essencial. Quem sabe o que constitui a educação mais essencial, a menos que seja a educação a ser obtida do Livro que é a base de todo conhecimento verdadeiro? Os que consideram essencial o conhecimento a ser adquirido de acordo com as diretrizes da educação mundana estão cometendo um grande erro, o qual fará com que sejam desviados por opiniões individuais que são humanas e falíveis. Desejo dizer aos que julgam que seus filhos precisam ter o que o mundo chama de educação essencial: Conduzi vossos filhos à simplicidade da Palavra de Deus, e estarão seguros. Seremos em breve grandemente dispersos, e o que fazemos precisa ser feito depressa. FEC 535 3 Tem-me sido dada a luz de que serão feitas tremendas pressões sobre todo adventista do sétimo dia com quem o mundo pode entrar em íntima ligação. Os que buscam a educação que o mundo tem em tão alta conta, são gradualmente levados para mais longe dos princípios da verdade até se tornarem mundanos educados. A que preço obtiveram sua educação! Separaram-se do Santo Espírito de Deus. Escolheram aceitar o que o mundo chama de conhecimento, em lugar das verdades que Deus tem confiado aos homens mediante Seus ministros, profetas e apóstolos. E alguns, tendo adquirido essa educação secular, pensam que podem introduzi-la em nossas escolas. Permiti-me dizer-vos, porém, que não deveis tomar o que o mundo chama de educação superior e trazê-lo para dentro de nossas escolas, sanatórios e igrejas. Precisamos compreender estas coisas. Falo categoricamente para vós. Isso não deve ser feito. FEC 536 1 Na mente de todo estudante deve ser inculcado o pensamento de que a educação é um fracasso, a não ser que o entendimento tenha aprendido a apoderar-se das verdades da revelação divina, e a menos que o coração aceite os ensinamentos do evangelho de Cristo. O estudante que, em lugar dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceita idéias comuns e permite que o tempo e a atenção sejam absorvidos em questões corriqueiras e triviais, notará que a mente se torna apoucada e enfraquecida. Ele perdeu a faculdade do crescimento. A mente precisa ser ensinada a compreender as importantes verdades que dizem respeito à vida eterna. FEC 536 2 Recebi a instrução de que devemos conduzir a mente de nossos alunos a um nível mais elevado do que agora se considera possível. O coração e a mente devem ser ensinados a preservar sua pureza recebendo provisões diárias da Fonte da verdade eterna. A Mente e a Mão divina preservaram através dos séculos o relato da criação em sua pureza. É unicamente a Palavra de Deus que nos dá um relato autêntico da criação de nosso mundo. Esta Palavra deve ser o principal estudo em nossas escolas. Nela podemos manter conversação com patriarcas e profetas. Nela podemos aprender o que a nossa redenção custou para Aquele que era igual ao Pai desde o princípio, e que sacrificou Sua vida para que pudesse permanecer em pé diante dEle um povo remido de tudo que é terreno e comum, renovado à imagem de Deus. FEC 537 1 Se é que devemos aprender de Cristo, precisamos orar como os apóstolos oraram quando o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Necessitamos de um batismo do Espírito de Deus. Não estamos seguros por uma hora sequer enquanto deixamos de prestar obediência à Palavra de Deus. FEC 537 2 Não digo que não deve haver estudo de línguas. As línguas devem ser estudadas. Em breve haverá positiva necessidade de muitos deixarem seus lares e irem trabalhar entre pessoas de outras línguas; e os que têm algum conhecimento de idiomas estrangeiros serão desse modo capazes de se comunicar com os que não conhecem a verdade. Alguns de nosso povo aprenderão as línguas nos países a que forem enviados. Esta é a melhor maneira. E há Alguém que estará bem ao lado do fiel obreiro para abrir o entendimento e dar sabedoria. O Senhor pode tornar frutífera sua obra onde os homens não conhecem a língua estrangeira. Ao andarem entre o povo e apresentarem as publicações, o Senhor operará na mente das pessoas, transmitindo o conhecimento da verdade. Alguns que empreendem a obra em campos estrangeiros podem ensinar a Palavra por meio de um intérprete. Como resultado de fiel esforço, haverá uma colheita cujo valor não compreendemos agora. FEC 537 3 Há outro ramo de trabalho a ser levado avante: a obra nas grandes cidades. Deve haver grupos de fervorosos obreiros trabalhando nas cidades. Os homens devem estudar o que precisa ser feito nos lugares que têm sido negligenciados. O Senhor tem chamado nossa atenção para as multidões negligenciadas nas grandes cidades; contudo, tem sido dada pouca consideração ao assunto. FEC 537 4 Não estamos suficientemente dispostos a importunar o Senhor com nossas petições, e a suplicar-Lhe o dom do Espírito Santo. O Senhor quer que O importunemos a esse respeito. Deseja que apresentemos com insistência nossas petições ao trono. O poder convertedor de Deus precisa ser experimentado através de todas as nossas fileiras. A mais valiosa educação que se pode obter será encontrada em sair com a mensagem da verdade aos lugares que agora se acham em trevas. Devemos sair assim como os primeiros discípulos saíram em obediência à ordem de Cristo. O Salvador deu instruções aos discípulos. Em poucas palavras, disse-lhes o que poderiam esperar encontrar. "Eu vos envio", disse Ele, "como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas." Esses obreiros deviam sair como representantes dAquele que deu Sua vida pela vida do mundo. FEC 538 1 O Senhor deseja que nos coloquemos em harmonia com Ele. Se fizermos isto, Seu Espírito poderá governar nossa mente. Se temos correta compreensão do que constitui a educação essencial e procuramos ensinar os seus princípios, Cristo nos ajudará. Ele prometeu a Seus seguidores que quando tivessem de comparecer perante concílios e juízes, não deviam preocupar-se com o que haveriam de dizer. Eu vos instruirei, disse Ele. Eu vos guiarei. Sabendo o que é ser ensinado por Deus, quando forem trazidas à nossa lembrança palavras de sabedoria celestial, haveremos de diferenciá-las de nossos próprios pensamentos. Acatá-las-emos como as palavras de Deus, e veremos nas palavras de Deus sabedoria, vida e poder. ... FEC 538 2 Compete-nos ensinar os jovens a exercerem igualmente as faculdades mentais e físicas. O salutar adestramento de todo o ser proporcionará uma educação que é ampla e envolvente. Tivemos de fazer rigorosa obra na Austrália, no sentido de educar os pais e os jovens quanto a estes aspectos; mas perseveramos em nossos esforços até ser aprendida a lição de que, a fim de se obter uma educação completa, o tempo de estudo deve ser dividido entre a aquisição de conhecimento dos livros e a aquisição de conhecimento do trabalho prático. Uma parte de cada dia era passada em trabalho útil, aprendendo os alunos como limpar o terreno, como cultivar o solo e como construir casas, usando o tempo que de outra maneira teria sido gasto em jogos e na busca de diversões. E o Senhor abençoou os estudantes que assim dedicaram seu tempo à aquisição de hábitos de utilidade. FEC 539 1 Instruí os alunos a não considerarem a parte teórica de sua educação como a mais essencial. Seja cada vez mais profundamente inculcado em cada estudante que devemos ter inteligente conhecimento sobre como se deve tratar o organismo físico. E muitos há que teriam maior compreensão destes assuntos se não se limitassem a anos de estudo sem experiência prática. Quanto mais plenamente nos colocarmos sob a direção de Deus, tanto maior será o conhecimento que dEle receberemos. Digamos a nossos alunos: Mantende-vos em conexão com a Fonte de todo o poder. Sois cooperadores de Deus. Ele deve ser vosso principal instrutor. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1909. ------------------------Capítulo 73 -- O verdadeiro ideal para nossos jovens FEC 541 1 Devido a um falso conceito da verdadeira natureza e objetivo da educação, muitos têm sido induzidos em erros sérios e até fatais. Essa falta é cometida quando se negligencia a regulação do coração ou o estabelecimento de princípios corretos ao fazer esforços para obter cultura intelectual, ou quando, no ávido desejo de vantagens temporais, são olvidados os interesses eternos. FEC 541 2 É justo que os jovens pensem em dar a suas faculdades naturais o máximo desenvolvimento. Não ousaríamos restringir a educação para a qual Deus não estabeleceu limite. Nossas consecuções não terão, porém, valor algum se não forem utilizadas para honra de Deus e para o bem da humanidade. A menos que nosso conhecimento seja um degrau para a realização dos mais elevados propósitos, não terá valor algum. FEC 541 3 A necessidade de estabelecer escolas cristãs é-me apresentada com muita insistência. Nas escolas de hoje, ensinam-se muitas coisas que são mais um empecilho do que um benefício. Há necessidade de escolas em que se faça da Palavra de Deus a base da educação. Satanás é o grande inimigo de Deus, e seu constante desígnio é afastar as almas de sua lealdade ao Rei do Céu. Quer que as mentes sejam educadas de tal modo que homens e mulheres exerçam sua influência do lado do erro e da corrupção moral, em vez de usar seus talentos no serviço de Deus. Seu objetivo é, de fato, alcançado quando, pervertendo as suas idéias acerca da educação, consegue atrair para o seu lado a pais e mestres; pois uma educação errônea coloca amiúde a inteligência na senda da incredulidade. FEC 541 4 Em muitas das escolas e dos colégios da atualidade, são cuidadosamente ensinadas e explicadas na íntegra as conclusões a que os sábios têm chegado como resultado de suas investigações científicas; ao passo que se dá distintamente a impressão de que se estes eruditos estão certos, a Bíblia não pode ter razão. Os espinhos do ceticismo são dissimulados; eles são encobertos pelo brilho e o viço da ciência e da filosofia. O ceticismo é atraente para a mente humana. Os jovens vêem nele uma independência que fascina a imaginação, e acabam sendo enganados. Satanás triunfa; sucede conforme o seu desígnio. Ele nutre toda semente de dúvida lançada nos corações juvenis, e logo haverá abundante colheita de incredulidade. FEC 542 1 Não podemos permitir que a mente de nossos jovens se contamine dessa maneira, pois dependemos desses jovens para levar avante a obra do futuro. Desejamos para eles algo mais do que a oportunidade de se instruírem nas ciências. A ciência da verdadeira educação é a verdade, a qual deve ser tão profundamente gravada na alma que não possa ser obliterada pelo erro que avulta por toda a parte. FEC 542 2 A Palavra de Deus deve ocupar um lugar -- o primeiro -- em todo sistema de educação. Como poder educativo, ela é mais valiosa do que os escritos de todos os filósofos de todos os séculos. Em sua amplitude de estilo e assuntos há algo capaz de interessar e educar a mente, e de enobrecer todo interesse. A luz da revelação brilha claramente no longínquo passado sobre o qual os anais humanos não lançam nenhum raio de luz. Nela há poesia que tem causado surpresa e admiração ao mundo. Em fulgurante beleza, em sublime e solene majestade, em comovedora ternura, não tem sido igualada pelas produções mais brilhantes do gênio humano. Contém sólida lógica e veemente eloqüência. Nela são retratados os nobres atos de homens nobres, exemplos de virtude pessoal e de honra pública, lições de piedade e de pureza. FEC 542 3 Não existe função na vida, nem fase da experiência humana para a qual a Bíblia não contenha valiosa instrução. Governador ou súdito, senhor ou servo, comprador ou vendedor, o que empresta ou o que toma emprestado, pai ou filho, professor ou aluno -- todos podem nela encontrar lições de inestimável valor. FEC 542 4 Acima de tudo, porém, a Palavra de Deus expõe o plano da salvação: mostra como o homem pecador pode reconciliar-se com Deus; estabelece os grandes princípios da verdade e do dever que devem governar nossa vida, e nos promete o auxílio divino em sua observância. Vai mais além desta vida fugaz, mais além da breve e agitada história de nossa raça. Franqueia ao nosso olhar o extenso panorama das eras eternas -- eras não obscurecidas pelo pecado, não ofuscadas pela tristeza. Ensina-nos como participar das moradas dos bem-aventurados e nos convida a firmar e fixar ali as nossas esperanças e afetos. FEC 543 1 Os verdadeiros motivos de serviço devem ser mantidos diante de velhos e jovens. Os alunos devem ser instruídos de tal maneira que se transformem em homens e mulheres úteis. Deve-se empregar todo recurso que possa elevá-los e enobrecê-los. Precisam ser ensinados a dar a suas faculdades o melhor uso. As faculdades físicas e mentais devem ser aplicadas de igual modo. Têm de ser cultivados hábitos de ordem e disciplina. Deve-se mostrar aos alunos o poder exercido por uma vida pura e sincera. Isto os ajudará na preparação para um serviço útil. Dia a dia crescerão em pureza e vigor, estando melhor preparados, por Sua graça e pelo estudo de Sua Palavra, a envidar dinâmicos esforços contra o mal. FEC 543 2 A verdadeira educação consiste no incutir idéias que impressionem o espírito e o coração com o conhecimento de Deus, o Criador, e de Jesus Cristo, o Redentor. Essa espécie de educação renovará a mente e transformará o caráter. Robustecerá e fortificará o espírito contra as enganadoras insinuações do adversário das almas, habilitando-nos a conhecer a voz de Deus. Habilitará o instruído a se tornar coobreiro de Cristo. FEC 543 3 Se nossa juventude adquirir este conhecimento, será capaz de obter tudo mais que é essencial; se não, todo o conhecimento que possam receber do mundo não os colocará nas fileiras do Senhor. Poderão reunir todo o saber proporcionado pelos livros, e ser ainda ignorantes dos primeiros princípios daquela justiça que lhes poderia dar um caráter aprovado por Deus. FEC 543 4 Os que estão buscando adquirir conhecimentos nas escolas da Terra, devem lembrar que outra escola os reclama também como alunos -- a escola de Cristo. Dessa, nunca os alunos saem graduados. Entre seus discípulos há velhos e moços. Os que dão ouvidos às instruções do divino Mestre, estão sem cessar adquirindo mais sabedoria e nobreza de alma, achando-se assim preparados para entrar naquela escola superior, onde o progresso continuará por toda a eternidade. FEC 544 1 A Infinita Sabedoria põe diante de nós as grandes lições da vida -- as lições do dever e da felicidade. Estas são muitas vezes difíceis de aprender, mas sem elas não podemos fazer nenhum progresso real. Talvez nos custem esforço, lágrimas e mesmo angústias; não devemos, porém, vacilar nem cansar-nos. É neste mundo, entre suas provas e tentações, que nos devemos tornar aptos para a sociedade dos puros e santos anjos. Os que se absorvem com estudos de menos importância; de modo a deixar de aprender na escola de Cristo, vão ao encontro de ilimitado prejuízo. FEC 544 2 Toda faculdade, todo atributo com que o Criador dotou os filhos dos homens, deve ser empregado para Sua glória; e neste uso encontra-se seu mais puro, mais nobre e feliz exercício. Os princípios do Céu devem estar em primeiro lugar na vida, e todo passo avançado que se dê na aquisição de conhecimentos ou na cultura do intelecto, deve ser no sentido da assimilação do divino pelo humano. FEC 544 3 A muitos que põem seus filhos em nossas escolas sobrevirão fortes tentações pelo fato de quererem que eles obtenham o que o mundo considera como educação mais essencial. Que constitui, porém, a educação mais essencial, a não ser que seja a que se obtém do Livro que é o fundamento de todo o verdadeiro saber? Os que consideram como essencial o conhecimento adquirido de acordo com a educação mundana estão cometendo um grande erro, que os levará a serem governados por opiniões humanas e falíveis. FEC 544 4 Os que buscam a educação que o mundo tem em tão alta estima se afastam gradualmente dos princípios da verdade até se tornarem mundanos educados. A que preço adquiriram sua educação! Separaram-se do Santo Espírito de Deus. Escolheram aceitar o que o mundo chama de conhecimento, em lugar das verdades que Deus entregou aos homens por meio de Seus ministros, profetas e apóstolos. FEC 545 1 Sobre os pais e as mães recai a responsabilidade de darem educação cristã aos filhos que lhes foram confiados. Em caso algum devem eles deixar que qualquer ramo de negócio de tal maneira lhes absorva a mente, o tempo e os talentos que a seus filhos seja permitido afastarem-se até estarem separados de Deus. Não devem permitir que os filhos escapem de suas mãos para as de incrédulos. Devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para evitar que absorvam o espírito do mundo. Devem prepará-los para se tornarem coobreiros de Deus. Devem ser a mão humana de Deus, preparando a si mesmos e aos filhos para uma vida sem fim. FEC 545 2 Há uma importante obra a ser feita em favor das crianças. Antes que o flagelo transbordante sobrevenha a todos os habitantes da Terra, o Senhor convida os que são israelitas de verdade a servirem-nO. Reuni vossos filhos em vossas próprias casas, separando-os daqueles que proclamam as palavras de Satanás e desobedecem aos mandamentos de Deus. Abranjamos em nossa obra educacional a muito mais crianças e jovens, e haverá todo um exército de missionários prontos a trabalhar para Deus. FEC 545 3 Nossas instituições educacionais têm muito que fazer no sentido de atender aos pedidos de obreiros preparados para os campos missionários. Há falta de obreiros por todas as partes do mundo. A verdade de Deus deve ser levada aos países estrangeiros, para que os que estão em trevas recebam a luz. Há necessidade de talentos cultivados em todas as partes da obra de Deus. É o desígnio de Deus que nossas escolas sejam o meio de desenvolver obreiros para Ele -- obreiros dos quais não tenha que envergonhar-Se. Ele convida nossos jovens a ingressarem em nossas escolas e a se prepararem rapidamente para o serviço. -- The Review and Herald, 22 de Agosto de 1912. ------------------------Capítulo 74 -- Mensagem para os nossos jovens FEC 547 1 Há livros de vital importância que não são olhados por nossos jovens. São negligenciados por não lhes parecerem tão interessantes como certas leituras leves. FEC 547 2 Cumpre-nos avisar a mocidade de que devem lançar firmemente mão dessa leitura que se recomenda para o erguimento do caráter cristão. Os pontos mais essenciais de nossa fé devem ser gravados na memória dos jovens. Eles têm tido um vislumbre dessas verdades, mas não um conhecimento que os leve a considerar com agrado o estudo das mesmas. Nossos jovens devem ler aquilo que exerça no espírito um efeito saudável, santificador. Isto necessitam eles, a fim de serem capazes de discernir o que seja a verdadeira religião. Há muita leitura boa que não contribui para santificar. FEC 547 3 É agora o nosso tempo favorável para trabalhar em benefício da mocidade. Dizei-lhes que nos achamos atualmente numa época de crise perigosa, e precisamos perceber o que seja a verdadeira piedade. Nossa juventude precisa ser ajudada, erguida e animada, mas na devida maneira; não, talvez, como eles desejariam, mas de modo que os auxilie a obter um espírito santificado. Eles precisam mais da boa e santificadora religião que de qualquer outra coisa. FEC 547 4 Não espero viver muito. Minha obra está quase concluída. Dizei aos nossos jovens que eu quero que minhas palavras os animem naquela maneira de viver que mais atrativa será aos seres celestes, e que sua influência sobre os outros seja enobrecedora. FEC 547 5 Estive, durante as horas da noite, pondo de lado livros que não são de proveito para os moços. Devemos escolher-lhes livros que os estimulem à sinceridade de vida, e os levem a abrir a Palavra. Isto me foi apresentado em tempos passados, e pensei pôr isto diante de vós, e assentá-lo. Não nos podemos permitir oferecer à mocidade leitura destituída de valor. Necessitam-se livros que sejam uma bênção à mente e à alma. Estas coisas são consideradas com demasiada leviandade; portanto, nosso povo se deve familiarizar com o que estou dizendo. FEC 548 1 Não penso que eu tenha mais Testemunhos para nosso povo. Nossos homens de sólida mentalidade sabem o que convém ao erguimento e edificação da obra. Mas, com o amor de Deus no coração, necessitam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas divinas. Sinto-me deveras ansiosa de que nossa mocidade receba a devida espécie de leitura; então os mais idosos também a conseguirão. Cumpre-nos conservar os olhos na atração religiosa da verdade. Devemos manter mente e cérebro abertos às verdades da Palavra de Deus. Satanás se achega quando os homens estão despercebidos. Não nos devemos satisfazer com o haver a mensagem de advertência sido uma vez apresentada. Cumpre-nos apresentá-la repetidamente. FEC 548 2 Poderíamos iniciar um curso de leitura tão intensamente interessante, que atrairia e influenciaria muitos espíritos. Caso eu seja poupada para trabalho posterior, de boa vontade ajudarei no preparo de livros para os nossos jovens. FEC 548 3 Há uma obra a ser feita em favor dos jovens pela qual seu espírito seja impressionado e moldado pela santificadora verdade de Deus. É meu sincero desejo, quanto aos nossos jovens, que eles encontrem o verdadeiro sentido da justificação pela fé, e da perfeição do caráter que os preparará para a vida eterna. Não espero viver muito, e deixo esta mensagem aos jovens, a fim de que o objetivo que se propõem não se venha a malograr. FEC 548 4 Exorto meus irmãos a animar os jovens a que conservem sempre a preciosidade e graça de Deus grandemente exaltadas. Trabalhai e orai constantemente pelo senso da preciosidade da verdadeira religião. Introduzi nela a bem-aventurança e o atrativo da santidade e da graça de Deus. Tenho sentido um peso a esse respeito, pois sei que é negligenciado. FEC 548 5 Não tenho nenhuma certeza de que minha vida se prolongue muito, mas sinto que estou aceita pelo Senhor. Ele sabe como eu tenho sofrido ao ver as baixas normas de vida adotadas pelos chamados cristãos. Tenho sentido ser imperioso que a verdade se manifeste em minha vida, e que meu testemunho seja dirigido ao povo. Quero que façais o que estiver ao vosso alcance para que meus escritos sejam postos nas mãos do povo nas terras estrangeiras. FEC 549 1 Dizei aos jovens que eles têm tido muitas vantagens espirituais. Deus quer que façam fervorosos esforços para apresentar a verdade ao povo. Tenho a impressão de ser meu dever especial dizer estas coisas. -- The Review and Herald, 15 de Abril de 1915. ------------------------Fé e Obras FO 9 1 Prefácio FO 13 0 Capítulo 1 -- Ellen G. White esclarece as questões FO 25 0 Capítulo 2 -- A norma de verdadeira santificação FO 31 0 Capítulo 3 -- Cristo, justiça nossa FO 35 0 Capítulo 4 -- Ellen G. White elucida claramente vários aspectos FO 41 0 Capítulo 5 -- Fé e obras FO 45 0 Capítulo 6 -- Uma advertência contra a falsa santificação FO 49 0 Capítulo 7 -- Como saber se Deus está guiando FO 51 0 Capítulo 8 -- O povo que guarda os mandamentos de Deus FO 55 0 Capítulo 9 -- A qualidade de nossa fé FO 71 0 Capítulo 10 -- Relato de E. G. White acerca da reação ao sermão de Ottawa FO 75 0 Capítulo 11 -- Obediência e santificação FO 81 0 Capítulo 12 -- Apossando-se da justiça de Cristo FO 85 0 Capítulo 13 -- Fé e obras — de mãos dadas FO 89 0 Capítulo 14 -- A experiência da justiça pela fé em linhas gerais FO 93 0 Capítulo 15 -- Isto é justificação pela fé FO 95 0 Capítulo 16 -- Aceitos em Cristo FO 99 0 Capítulo 17 -- Conselho a um eminente pastor, sobre a apresentação da relação entre a fé e as obras FO 103 0 Capítulo 18 -- O homem pode ser tão puro em sua esfera como Deus na dEle FO 107 0 Capítulo 19 -- Opiniões e práticas devem harmonizar-se com a palavra de Deus ------------------------Prefácio FO 9 1 Com o contínuo interesse nas grandes verdades vitais da justiça pela fé, da justificação e da santificação, convirá atentar melhor para o que a mensageira do Senhor expôs sobre elas no decorrer dos anos. FO 9 2 Para apresentar este quadro de seus ensinos, dezoito leituras, a começar de 1881 e estendendo-se até 1902, são aqui reunidas pelos dirigentes do Patrimônio Literário de Ellen G. White em sequência cronológica não estruturada. Seus sermões e artigos delineiam coerentemente as verdades fundamentais da salvação, segundo são incorporadas na lei e no evangelho -- os na Review and Herald, para a Igreja, e os na revista Signs of the Times, apropriados, igualmente, para o mundo. Os diversos tópicos escolhidos são apresentados por uma declaração definitiva, arquivada como Manuscrito 36, 1890, redigida no período crítico que ocorreu após a Assembléia Geral de 1888, quando, segundo ela afirmou em outro lugar, as pessoas estavam em "grande perigo de adotar conceitos errôneos" sobre "a fé e as obras". Manuscrito 23, 1891. Em seu manuscrito de 1890, sem título, ela, em termos inequívocos, tomou uma atitude resoluta, esclarecendo as questões. FO 9 3 Embora Ellen G. White siga freqüentemente quase a mesma trajetória ao lidar em diversas ocasiões com verdades muito importantes, valiosos vislumbres são obtidos pela leitura de sermões, artigos e manuscritos em sua sequência natural. Cada um deles é uma apresentação equilibrada do assunto, mas amiúde com uma ênfase característica. Muitas das leituras aparecem em sua totalidade, ao passo que outras, para poupar espaço, foram abreviadas de modo a abranger somente a parte -- geralmente a parte principal -- relacionada com a fé e as obras. Os subtítulos e, nalguns casos, os títulos dos capítulos, foram acrescentados pelos compiladores. Não houve tentativa alguma para ser exaustivo. Seus livros e muitos outros sermões e artigos também tratam dessas verdades essenciais. Qualquer pessoa que examinar essas leituras notará claramente a importância do assunto para todo cristão. Também observará a posição coerente da pessoa guiada especialmente pelo Senhor na enunciação das verdades nos artigos que seguem. FO 10 1 O plano para a salvação da humanidade perdida se baseia na aceitação do homem, unicamente pela fé, da morte vicária de Cristo. Esta lição foi ensinada à porta do Éden, quando Adão e seus descendentes matavam o cordeiro sacrifical. Foi ensinada no deserto, quando Moisés levantou a serpente de bronze e as pessoas com a peçonha das serpentes venenosas em suas veias eram restauradas ao olharem com fé para o símbolo salvador. Foi ensinada pelos profetas e apóstolos. Reiteradas vezes nos é ensinado que a salvação é pela graça, mediante a fé; mas, ao mesmo tempo, somos levados a compreender o seguinte: FO 10 2 "Conquanto a verdadeira fé confie inteiramente em Cristo para a salvação, ela conduzirá a perfeita conformidade com a lei de Deus. A fé é manifestada pelas obras." -- The Review and Herald, 5 de Outubro de 1886. FO 10 3 Este realce equilibrado será visto nos materiais contidos neste livrete, de certo modo escolhidos a esmo. FO 10 4 Através dos séculos, a começar com Caim, o grande adversário tem-se oposto à generosa provisão de Deus induzindo os habitantes da Terra a aceitarem a asserção de que o homem, o qual se tornou pecador pela violação da lei de Deus, deve obter mérito e salvação por seus próprios atos, afligindo seu próprio corpo, sacrificando seus filhos a algum deus criado por suas próprias mãos, efetuando peregrinações a lugares considerados sagrados, fazendo penitências, pagando dinheiro aos cofres da igreja, ou procurando ele mesmo, por seus próprios e ingentes esforços, levar uma vida correta e virtuosa. FO 10 5 A singela experiência de aceitar a salvação pela fé parece ser demasiado fácil para muitos, e inúmeras pessoas que pretendem estar seguindo a Cristo adotam virtualmente o ponto de vista de que a salvação é em parte pela fé na morte de Cristo no Calvário, e em parte pelo esforço humano. FO 11 1 Quando os primeiros adventistas do sétimo dia viram os reclamos da imutável lei de Deus, tendências legalistas ameaçaram produzir fruto inútil, na experiência de muitos, e durante algum tempo chegaram mesmo a fazê-lo. Mas o consciencioso conhecimento da lei de Deus leva ao abandono do pecado e a uma vida santa e santificada. Este é o cenário para essas leituras sobre a fé e as obras -- sobre a lei e o evangelho. FO 11 2 Quase na metade das duas décadas representadas neste opúsculo, realizou-se a Assembléia da Associação Geral de 1888, em Mineápolis, Minessota, precedida por um congresso ministerial. Nessas reuniões deu-se ênfase às verdades básicas da justiça pela fé. Ellen G. White definiu-o como um avivamento de verdades que em grande parte haviam sido perdidas de vista. Na assembléia, ela mesma não fez apresentação alguma sobre o assunto. O teor de suas palestras era que os presentes mantivessem o coração aberto para receber a luz da Palavra de Deus exposta pelos Pastores E. J. Waggoner e A. T. Jones. A recepção dessa nova ênfase foi mista. Alguns dos ouvintes a aceitaram de bom grado e cabalmente, e outros assumiram uma posição neutra. Alguns a rejeitaram. Os relatos indicam claramente que muitos saíram dessa assembléia levando consigo uma nova e gloriosa experiência em Cristo Jesus. FO 11 3 Por meio de sermões pregados nas igrejas depois dessa assembléia, inclusive muitos de Ellen G. White, e por meio de artigos de sua pena, os adventistas, em geral, foram conduzidos a mais clara compreensão e aceitação da justiça pela fé. Muitos que a princípio rejeitaram o conceito apresentado em Mineápolis foram levados a aceitá-lo. FO 11 4 As verdades fundamentais envolvidas na doutrina da justiça pela fé são tão simples que não é necessário um livro exaustivo, de Ellen G. White, para expô-las. O assunto impregna muitos de seus livros, com excelentes ilustrações assomando aqui e ali. Ela publicou um opúsculo em 1893, intitulado "Justificados Pela Fé". Isto se encontra na seção de cinqüenta páginas de Mensagens Escolhidas, livro 1, intitulada "Cristo, Justiça Nossa". Recomendamos a leitura de toda a seção. FO 11 5 A experiência de habitar na calidez da aceitação da justiça de Cristo pode ser desfrutada hoje e perdida amanhã, por descuido ou presunção. É uma experiência pessoal de simples aceitação e confiança, e pode ser um tanto frágil. Pode ser obscurecida por meio de discussões sobre delicados pontos teológicos. Ellen G. White comentou: FO 12 1 "Muitos cometem o erro de procurar definir minuciosamente os delicados pontos de distinção entre a justificação e a santificação. Nas definições desses dois vocábulos eles introduzem frequentemente suas próprias idéias e especulações. Por que procurar ser mais minucioso do que a Inspiração na questão vital da justiça pela fé? Por que tentar deslindar todos os pormenores, como se a salvação da alma dependesse de terem todos exatamente a mesma compreensão que vós deste assunto? Nem todos podem ver as coisas do mesmo modo." -- Manuscrito 21, 1891; também no The S.D.A. Bible Commentary 6:1072. FO 12 2 Oxalá as diversas maneiras de encarar as verdades aqui apresentadas pela mensageira do Senhor mantenham o importantíssimo assunto da justiça pela fé claro, equilibrado e livre de complicações, é a esperança dos publicadores e dos Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, Washington, D.C., 7 de Dezembro de 1978. ------------------------Capítulo 1 -- Ellen G. White esclarece as questões FO 13 0 Manuscrito geral redigido em 1890, por ocasião dos congressos ministeriais em Battle Creek, arquivado como Manuscrito 36, 1890, e publicado na The Review and Herald, 24 de Fevereiro e 3 de Março de 1977. Esta importantíssima declaração elucidativa constitui uma introdução apropriada para as dezoito apresentações que vêm em seguida, dispostas em seqüência cronológica. FO 13 1 Disse o apóstolo Paulo: "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?... Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus." 1 Coríntios 6:9-11. A ausência de devoção, piedade e santificação do homem exterior provém de negar a Jesus Cristo, Justiça nossa. O amor de Deus precisa ser cultivado constantemente... FO 13 2 Enquanto uma classe de pessoas deturpa a doutrina da justificação pela fé e deixa de concordar com as condições estabelecidas na Palavra de Deus -- "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" -- há um erro tão grande como este da parte dos que pretendem crer nos mandamentos de Deus e obedecer-lhes mas se colocam em oposição aos preciosos raios de luz -- novos para eles -- refletidos da cruz do Calvário. A primeira classe não vê as maravilhosas coisas na lei de Deus para todos os que são praticantes de Sua Palavra. Os outros entretêm-se com as insignificâncias e negligenciam as questões mais importantes, a misericórdia e o amor de Deus. FO 13 3 Muitos têm perdido muita coisa por não haverem aberto os olhos de seu entendimento para discernir as maravilhas da lei de Deus. Por um lado, os religiosos em geral divorciam a lei do evangelho, ao passo que nós, por outra parte, quase fizemos o mesmo de outro ponto de vista. Não expusemos às pessoas a justiça de Cristo e a ampla significação de Seu grande plano de redenção. Deixamos de lado a Cristo e Seu incomparável amor, introduzimos teorias e raciocínios, e pregamos sermões argumentativos. FO 14 1 Homens não convertidos têm ocupado o púlpito pregando. Seu coração nunca experimentou, por meio de viva, apegada e confiante fé, a agradável evidência do perdão de seus pecados. Como, então, podem eles pregar o amor, a simpatia, o perdão de Deus para todos os pecados? Como podem dizer: "Olhai, e vivei"? Olhando para a cruz do Calvário, sentireis o desejo de levar a cruz. O Redentor do mundo esteve suspenso na cruz do Calvário. Contemplai o Salvador do mundo, no qual habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Pode alguém olhar e contemplar o sacrifício do amado Filho de Deus, sem que seu coração seja sensibilizado e quebrantado, pronto a entregar-se a Deus de coração e alma? FO 14 2 Seja este ponto plenamente estabelecido em todas as mentes: Se aceitamos a Cristo como Redentor, precisamos aceitá-Lo como Soberano. Não podemos ter certeza e perfeita confiança em Cristo como nosso Salvador enquanto não O reconhecermos como nosso Rei e formos obedientes a Seus mandamentos. Assim evidenciamos nossa lealdade a Deus. Nossa fé tem, então, o timbre genuíno, pois é uma fé operante. Ela opera pelo amor. Dizei isto de vosso coração: "Senhor, creio que morreste para resgatar minha alma. Se deste tanto valor à alma que chegaste a dar Tua vida pela minha, mostrar-me-ei sensível. Entrego minha vida, com todas as suas possibilidades, em toda a minha fraqueza, aos Teus cuidados." FO 14 3 A vontade deve ser colocada em completa harmonia com a vontade de Deus. Quando isto é efetuado, não será repelido nenhum raio de luz que incide sobre o coração e sobre os recessos da mente. A alma não será obstruída pelo preconceito, chamando a luz trevas, e as trevas luz. A luz do Céu é bem recebida, como luz que inunda os recessos da alma. Isto é entoar melodias a Deus. Crença e descrença FO 14 4 Quanto cremos de coração? Chegai-vos a Deus e Ele Se chegará a vós outros. Isto significa estar muito com o Senhor em oração. Quando os que se educaram no ceticismo e acalentaram a descrença, entretecendo dúvidas em sua experiência, estão sob a convicção do Espírito de Deus, reconhecem ser seu dever pessoal confessar sua descrença. Abrem o coração para aceitar a luz que lhes foi enviada, e, pela fé, passam do pecado para a justiça, e da dúvida para a fé. Consagram-se a Deus sem reservas, para seguir Sua luz em lugar das faíscas que eles mesmos acenderam. Ao manterem sua consagração, verão crescente luz, e ela vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. FO 15 1 A descrença que é acalentada na alma tem um poder sedutor. As sementes da dúvida que eles estiveram semeando produzirão sua colheita, mas devem continuar a arrancar toda raiz de descrença. Quando são desarraigadas essas plantas nocivas, elas cessam de crescer por falta de nutrição em palavra e ação. A alma deve ter as preciosas plantas da fé e do amor introduzidas no solo do coração e entronizadas ali. Idéias confusas acerca da salvação FO 15 2 Não podemos compreender que a coisa mais dispendiosa no mundo é o pecado? Ele ocorre à custa da pureza de consciência, ao preço de perder o favor de Deus e dEle separar a alma, perdendo afinal o Céu. O pecado de entristecer o Santo Espírito de Deus e de andar em desacordo com Ele tem custado a muitos indivíduos a perda de sua alma. FO 15 3 Quem pode avaliar as responsabilidades da influência de todo instrumento humano a quem o Salvador adquiriu pelo sacrifício de Sua própria vida? Que cena se apresentará quando se assentar o tribunal e se abrirem os livros para atestar a salvação ou a perda de toda alma! Será necessário a infalível decisão dAquele que viveu na humanidade, amou a humanidade, deu a vida pela humanidade, para fazer a atribuição final das recompensas aos justos leais, e da punição aos desobedientes, aos desleais e injustos. Ao Filho de Deus é confiada a completa avaliação de toda ação e responsabilidade individuais. Para os que foram participantes dos pecados de outros homens e agiram contra a decisão de Deus, será uma cena terrivelmente solene. FO 15 4 Reiteradas vezes me tem sido apresentado o perigo de nutrir, como um povo, falsas idéias da justificação pela fé. Durante anos tem-me sido mostrado que Satanás trabalharia de maneira especial para confundir a mente quanto a esse ponto. Tem-se alongado sobre a lei de Deus e ela tem sido apresentada às congregações quase de modo tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às idéias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo. Tenho estranhado que este assunto não se tenha tornado o tema de sermões em nossas igrejas em todas as partes do país, sendo que tão constantemente é realçado perante mim e eu o tenho tornado o assunto de quase todo sermão e palestra que hei proferido para o povo. FO 16 1 Ao examinar meus escritos de quinze e vinte anos atrás, [verifico] que eles apresentam a questão sob a mesma luz -- a saber, que os que ingressam na solene e sagrada obra do ministério devem primeiro receber um preparo nas lições sobre os ensinos de Cristo e dos apóstolos quanto aos vivos princípios da piedade prática. Devem ser instruídos a respeito do que constitui fervorosa e viva fé. Unicamente pela fé FO 16 2 Muitos jovens são enviados a trabalhar, embora não compreendam o plano da salvação e o que é verdadeira conversão; na realidade, precisam converter-se. Precisamos ser esclarecidos sobre este ponto, e os pastores têm de ser ensinados a alongar-se mais pormenorizadamente sobre os assuntos que explicam a verdadeira conversão. Todos os que são batizados devem tornar evidente que se converteram. Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais freqüência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de o homem caído merecer alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo. FO 16 3 Quando é examinada essa questão, ficamos com o coração magoado ao ver quão triviais são as observações dos que deviam compreender o mistério da piedade. Eles falam tão irrefletidamente das verdadeiras idéias de nossos irmãos que professam crer na verdade e ensiná-la! Ficam muito aquém dos fatos reais, segundo me têm sido revelados. O inimigo confundiu sua mente de tal modo na névoa do mundanismo, e ela parece estar tão arraigada em seu entendimento, que se tornou uma parte de sua fé e de seu caráter. Só uma nova conversão pode transformá-los e levá-los a abandonar essas falsas idéias -- pois isso é exatamente o que elas são, segundo me foi revelado. Apegam-se a elas como quem está afogando se apega a um salva-vidas, para evitar que desanimem e naufraguem na fé. FO 17 1 Cristo me deu estas palavras a serem proferidas: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus." Portanto, todos os que têm correta compreensão desse assunto devem deixar de lado seu espírito polêmico e buscar o Senhor de todo o coração. Então acharão a Cristo e poderão dar um caráter distinto a sua experiência religiosa. Devem manter este assunto -- a simplicidade da verdadeira piedade -- distintamente perante as pessoas em todo sermão. Isso impressionará o coração de todo ser faminto e sedento que almeja desfrutar a segurança de esperança, fé e perfeita confiança em Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. FO 17 2 Torne-se distinto e claro o assunto de que não é possível efetuar coisa alguma em nossa posição diante de Deus ou no dom de Deus para nós, por meio do mérito de seres criados. Se a fé e as obras adquirissem o dom da salvação para alguém, o Criador estaria em obrigação para com a criatura. Eis aqui uma oportunidade para a falsidade ser aceita como verdade. Se alguém pode merecer a salvação por alguma coisa que faça, encontra-se, então, na mesma posição que os católicos para fazer penitência por seus pecados. A salvação, nesse caso, consiste em parte numa dívida, que pode ser quitada com o pagamento. Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a salvação, então ela tem de ser inteiramente pela graça, recebida pelo homem como pecador, porque ele aceita a Jesus e crê nEle. A salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele. Inteiramente de graça FO 17 3 A luz que me foi dada por Deus coloca este importante assunto acima de qualquer dúvida em minha mente. A justificação é inteiramente de graça, não sendo obtida por nenhuma obra que o homem caído possa efetuar. Em linhas claras foi-me apresentado o assunto de que se o rico possui dinheiro e propriedades, e faz uma oferta dos mesmos ao Senhor, surgem falsas idéias para arruinar a oferta com o pensamento de que ele mereceu o favor de Deus, e de que o Senhor está sob a obrigação para com ele de considerá-lo com especial favor por causa dessa dádiva. FO 18 1 Tem havido mui pouca instrução, em linhas claras, sobre esse ponto. O Senhor emprestou ao homem, em custódia, os Seus próprios bens -- meios que Ele requer sejam devolvidos a Ele quando Sua providência o indicar e a edificação de Sua Causa o exigir. O Senhor deu o intelecto. Ele deu a saúde e a habilidade de obter lucros terrenos. Criou as coisas da Terra. Manifesta Seu poder divino para desenvolver todas as suas riquezas. Elas são os Seus frutos provenientes de Sua própria lavoura. Ele deu o Sol, as nuvens, as pancadas de chuva, para fazer com que a vegetação floresça. Como servos empregados por Deus, colhestes Seus frutos a fim de usar de maneira econômica o que vossas necessidades requeriam e deixar o restante à disposição de Deus. Podeis dizer com Davi: "Porque tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos." 1 Crônicas 29:14. Assim a satisfação do mérito da criatura não pode consistir em restituir ao Senhor o que Lhe pertence, pois isso sempre foi Sua própria propriedade a ser usada como Ele determinar em Sua providência. Perdendo o favor de Deus FO 18 2 Pela rebelião e apostasia o homem perdeu o favor de Deus; não os seus direitos, pois ele só teria valor se fosse revestido do amado Filho de Deus. Este ponto precisa ser compreendido. Ele perdeu os privilégios que Deus, em Sua misericórdia, lhe concedera como dom gratuito, como tesouro em custódia, a ser usado para promover Sua Causa e Sua glória, e para favorecer os seres criados por Ele. No momento em que a obra das mãos de Deus recusou obedecer às leis do reino de Deus, nesse próprio instante ele se tornou desleal ao governo de Deus e se fez inteiramente indigno de todas as bênçãos com as quais Deus o havia favorecido. FO 18 3 Esta foi a posição da raça humana depois que o homem se divorciou de Deus pela transgressão. Então ele não tinha mais direito a uma inspiração de ar, a um raio da luz do Sol ou a uma partícula de alimento. E a razão de o homem não ter sido destruído era que Deus o amou de tal maneira que deu o Seu Filho amado para que sofresse a penalidade da transgressão dele. Cristo Se prontificou a tornar-Se o penhor e substituto do homem, para que este, por meio de graça sem igual, tivesse outra prova -- uma segunda oportunidade -- tendo a experiência de Adão e Eva como advertência para não transgredir a lei de Deus como eles o fizeram. E, visto que o homem desfruta as bênçãos de Deus na dádiva da luz do Sol e na dádiva do alimento, deve haver da parte do homem um respeito diante de Deus em grato reconhecimento de que todas as coisas provêm dEle. Tudo que Lhe é prestado como retribuição é somente o que Lhe pertence por ser o Doador. FO 19 1 O homem quebrou a lei de Deus, e, por intermédio do Redentor, foram feitas novas e recentes promessas numa base diferente. Todas as bênçãos precisam vir por meio de um Mediador. Agora todo membro da família humana está inteiramente entregue nas mãos de Cristo, e tudo que possuímos -- quer seja o dom de dinheiro, de casas, de terras, de faculdades de raciocínio, de força física, ou de talentos intelectuais -- nesta vida presente, e as bênçãos da vida futura, é colocado em nosso poder como tesouros de Deus a serem aplicados fielmente para benefício do homem. Todo dom é assinalado pela cruz e traz a imagem e a inscrição de Jesus Cristo. Todas as coisas provêm de Deus. Desde os menores benefícios até à maior bênção, tudo flui através do único Conduto -- uma mediação sobre-humana salpicada com o sangue cujo valor é inestimável porque era a vida de Deus em Seu Filho. FO 19 2 Ora, nenhuma pessoa pode dar alguma coisa a Deus que já não seja dEle. Tende isto em mente: "Tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos." 1 Crônicas 29:14. Deve ser mantido diante do povo, aonde quer que formos, que não possuímos nada, nem podemos oferecer coisa alguma, em valor, em obra, em fé, que primeiro não tenhamos recebido de Deus e sobre que Ele não possa colocar a mão em qualquer tempo e dizer: Eles são Meus -- dons, bênçãos e talentos que Eu vos confiei, não para vos enriquecerdes, mas para sábio desenvolvimento em benefício do mundo. Tudo é de Deus FO 19 3 A criação pertence a Deus. Se abandonasse o homem, o Senhor poderia deter-lhe imediatamente a respiração. Tudo que ele é e tudo que ele possui pertence a Deus. O mundo inteiro é de Deus. As casas dos homens, suas aquisições pessoais, tudo que é valioso ou brilhante é a própria dotação de Deus. Tudo isto é Sua dádiva para ser devolvida a Deus para ajudar a cultivar o coração humano. As ofertas mais esplêndidas podem ser colocadas sobre o altar de Deus, e os homens enaltecerão, exaltarão e louvarão o doador por sua liberalidade. Em quê? "Tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos." 1 Crônicas 29:14. Nenhuma obra do homem pode fazer com que mereça o amor perdoador de Deus, mas o amor de Deus, imbuindo a alma, o levará a efetuar as coisas que sempre foram requeridas por Deus e que o homem deve realizar com prazer. Ele só efetuou o que o dever sempre requereu dele. FO 20 1 Os anjos de Deus no Céu que nunca caíram fazem continuamente a Sua vontade. Em tudo que eles fazem no seu laborioso encargo de misericórdia para nosso mundo, amparando, guiando e guardando a obra das mãos de Deus através dos séculos -- tanto os justos como os injustos --, eles podem dizer verdadeiramente: "Tudo é Teu. Das Tuas mãos To damos." Oxalá o olhar humano pudesse ter vislumbres dos anjos! Oxalá a imaginação pudesse compreendê-los e demorar-se sobre o esplêndido e glorioso serviço dos anjos de Deus e dos conflitos em que se empenham em favor dos homens, para os proteger, guiar e conquistar, e para desviá-los das ciladas de Satanás. Quão diferente seria a conduta e o sentimento religioso! Mérito das criaturas FO 20 2 Poderão ser travadas discussões por seres humanos que defendem ardorosamente o mérito das criaturas e por todo homem que luta pela supremacia, mas eles simplesmente não sabem que durante todo esse tempo, em princípio e caráter, estão deturpando a verdade como ela é em Jesus. Encontram-se num nevoeiro de perplexidade. Necessitam do divino amor de Deus que é representado pelo ouro provado no fogo; necessitam das vestiduras brancas do puro caráter de Cristo; e necessitam também do colírio celestial, para que possam discernir com assombro a completa desvalia do mérito das criaturas para ganhar a recompensa da vida eterna. Pode haver fervorosa labuta e intensa afeição, elevada e nobre realização intelectual, amplitude de compreensão e a maior humilhação, que sejam depositadas aos pés de nosso Redentor; mas não há nisso nem um pouquinho mais do que a graça e o talento originalmente dados por Deus. Não deve ser dado nada menos do que ordena o dever, mas não se pode dar nada mais do que se recebeu a princípio; e tudo precisa ser colocado sobre o fogo da justiça de Cristo, a fim de que seja purificado de seu odor terreno, antes que ascenda numa nuvem de fragrante incenso ao grande Jeová e seja aceito como aroma suave. FO 21 1 Pergunto: Como posso apresentar este assunto assim como é? O Senhor Jesus comunica todo o poder, toda a graça, toda a penitência, toda a inclinação, todo o perdão dos pecados, ao apresentar Sua justiça para que o homem dela se apodere por meio de fé viva -- a qual também é o dom de Deus. Se juntássemos tudo que é bom e santo, nobre e belo no homem, e apresentássemos o resultado aos anjos de Deus, como se desempenhasse uma parte na salvação da alma humana ou na obtenção de mérito, a proposta seria rejeitada como traição. Encontrando-se na presença de seu Criador e contemplando a glória insuperável que envolve Sua Pessoa, eles consideram o Cordeiro de Deus dado desde a fundação do mundo a uma vida de humilhação, a ser rejeitado por homens pecaminosos, e a ser desprezado e crucificado. Quem pode avaliar a imensidão desse sacrifício! FO 21 2 Cristo Se fez pobre por amor de nós, para que pela Sua pobreza nos tornássemos ricos. E quaisquer obras que o homem pode prestar a Deus serão muito menos do que nada. Meus pedidos só se tornam aceitáveis por estarem baseados na justiça de Cristo. A idéia de fazer algo para merecer a graça do perdão é errônea do começo até o fim. "Senhor, não trago na mão valor algum; simplesmente me apego a Tua cruz." O que o homem não pode fazer FO 21 3 O homem não pode realizar proezas dignas de louvor que lhe dêem alguma glória. Os homens têm o hábito de glorificar os homens e de exaltá-los. Estremeço ao ver ou ouvir algo a esse respeito, pois me foram revelados não poucos casos em que a vida familiar e a obra no interior do coração desses próprios homens se acham repletas de egoísmo. Eles são corruptos, desprezíveis e vis; e nada que procede de todos seus feitos pode elevá-los diante de Deus, pois tudo que fazem constitui uma abominação à Sua vista. Não pode haver verdadeira conversão sem o abandono do pecado, e não é discernida a grave natureza do pecado. Com uma agudeza de percepção jamais atingida pela vista humana, anjos de Deus discernem que seres tolhidos por influências corruptoras, com a mente e mãos impuras, estão decidindo seu destino para a eternidade. No entanto, muitos têm pouca compreensão do que constitui pecado e qual é o remédio. FO 22 1 Ouvimos serem pregadas tantas coisas a respeito da conversão da pessoa que não são verdade. Os homens são ensinados a pensar que se alguém se arrepende, será perdoado, supondo que o arrependimento é o caminho e a porta para o Céu; que há no arrependimento certo valor garantido que compre o perdão para ele. Pode o homem arrepender-se por si mesmo? Não mais do que pode perdoar a si próprio. Lágrimas, suspiros, resoluções -- tudo isso constitui apenas o apropriado exercício das faculdades que Deus concede ao homem e o ato de afastar-se do pecado na regeneração de uma vida que é de Deus. Onde está o mérito do homem para ganhar sua salvação ou para colocar diante de Deus algo que seja valioso e excelente? Pode uma oferta de dinheiro, casas, terras, colocar-vos na lista do merecimento? Impossível! FO 22 2 Há o perigo de considerar que a justificação pela fé concede algum mérito à fé. Quando aceitamos a justiça de Cristo como um dom gratuito somos justificados gratuitamente por meio da redenção de Cristo. Que é fé? "O firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem." Hebreus 11:1. É uma aprovação do entendimento às palavras de Deus que leva o coração a uma voluntária consagração e serviço a Deus, o qual deu o entendimento, o qual sensibilizou o coração, o qual primeiro levou a mente a contemplar a Cristo na cruz do Calvário. Fé é entregar a Deus as faculdades intelectuais, submeter-Lhe a mente e a vontade e fazer de Cristo a única porta de entrada no reino dos Céus. FO 22 3 Quando os homens aprendem que não podem obter a justiça pelo mérito de suas próprias obras e olham com firme e inteira confiança para Jesus Cristo como sua única esperança, não haverá tanto do próprio eu e tão pouco de Jesus. Almas e corpos são maculados e poluídos pelo pecado, o coração é alienado de Deus, contudo muitos estão-se debatendo, em sua própria força finita, para conquistar a salvação por boas obras. Jesus, pensam eles, efetuará uma parte da salvação, e eles precisam fazer o resto. Necessitam ver pela fé a justiça de Cristo como sua única esperança para o tempo e para a eternidade. Deus trabalha, e o homem trabalha FO 23 1 Deus deu aos homens faculdades e aptidões. Deus trabalha e coopera com os dons que Ele comunicou ao homem, e este, sendo participante da natureza divina e fazendo a obra de Cristo, pode ser um vencedor e ganhar a vida eterna. O Senhor não tenciona realizar a obra que Ele concedeu ao homem poderes para efetuar. A parte do homem precisa ser realizada. Ele deve ser cooperador de Deus, unindo-se a Cristo, e aprendendo de Sua mansidão e de Sua humildade. Deus é o poder que domina sobre tudo. Ele concede os dons; o homem os recebe e age com o poder da graça de Cristo como instrumento vivo. FO 23 2 "Lavoura de Deus... sois vós." 1 Coríntios 3:9. O coração deve ser trabalhado, subjugado, arado, nivelado e semeado, para que produza sua colheita a Deus em boas obras. "Edifício de Deus sois vós." 1 Coríntios 3:9. Não podeis edificar-vos a vós mesmos. Há um Poder fora de vós mesmos que deve realizar a edificação da igreja, colocando tijolo sobre tijolo, sempre cooperando com as faculdades e aptidões por Deus concedidas ao homem. O Redentor deve encontrar um lar em Seu edifício. Deus trabalha, e o homem trabalha. Precisa haver contínua apropriação dos dons de Deus, para que haja a mesma distribuição espontânea desses dons. É uma contínua recepção e, depois, restituição. O Senhor determinou que a alma receba nutrição dEle, para que seja distribuída novamente na execução de Seus propósitos. A fim de que haja uma efusão, deve haver uma infusão da divindade na humanidade. "Habitarei e entre eles andarei." 2 Coríntios 6:16. FO 23 3 O templo da alma tem de ser sagrado, santo, puro e impoluto. Deve haver uma co-participação em que todo o poder é de Deus e toda a glória pertence a Ele. A responsabilidade recai sobre nós. Precisamos receber em pensamentos e em sentimentos, para dar em expressão. A lei da ação humana e divina torna o recebedor um cooperador de Deus. Ela conduz o homem onde ele, unido com a Divindade, pode efetuar as obras de Deus. A humanidade se põe em contato com a humanidade. O poder divino e a atuação humana combinados serão um êxito total, pois a justiça de Cristo cumpre tudo. Poder sobrenatural para obras sobrenaturais FO 23 4 A razão por que tantos não conseguem ser obreiros bem sucedidos é agirem como se Deus dependesse deles e terem de sugerir a Deus o que Ele deve fazer com eles, em vez de confiarem no Senhor. Põem de lado o poder sobrenatural e deixam de realizar a obra sobrenatural. Confiam em todo o tempo em suas próprias faculdades humanas e nas de seus irmãos. São tacanhos em si mesmos e sempre estão julgando segundo sua finita compreensão humana. Precisam de ajuda, pois não têm poder do alto. Deus nos dá o corpo, vigor cerebral, tempo e oportunidade para trabalhar. Requer-se que todos sejam utilizados ao máximo. Unindo a humanidade com a Divindade, podeis realizar uma obra tão duradoura como a eternidade. Quando os homens pensam que o Senhor cometeu um erro em seus casos individuais, e determinam seu próprio trabalho, depararão com o desapontamento. FO 24 1 "Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus." Efésios 2:8. Aqui há verdade que desdobrará o assunto à vossa mente, se não a vedardes aos raios de luz. A vida eterna é um dom infinito. Isto a coloca fora da possibilidade de ser ganha por nós mesmos, pois é infinita. Precisa ser forçosamente uma dádiva. E, como tal, tem de ser recebida pela fé, e oferecendo a Deus gratidão e louvor. Sólida fé não conduzirá ninguém ao fanatismo, nem a desempenhar o papel do servo indolente. É o fascinante poder de Satanás que leva os homens a olharem para si mesmos, em vez de olharem para Jesus. A justiça de Cristo deve ir à nossa frente para que a glória do Senhor seja a nossa retaguarda. Se fazemos a vontade de Deus podemos aceitar grandes bênçãos como generosa dádiva de Deus, mas não em virtude de algum mérito em nós; este é sem valor. Realizai a obra de Cristo, e honrareis a Deus e sereis mais do que vencedores por meio dAquele que nos amou e deu a vida por nós, para que tivéssemos vida e salvação em Jesus Cristo. ------------------------Capítulo 2 -- A norma da verdadeira santificação FO 25 0 Artigo na Review and Herald, 8 de Março de 1881. FO 25 1 "O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo." 1 Tessalonicenses 5:23. FO 25 2 A santificação é obtida unicamente em obediência à vontade de Deus. Muitos que estão deliberadamente espezinhando a lei de Jeová dizem ser possuidores de santidade de coração e santificação de vida. Mas não têm um conhecimento salvador de Deus ou de Sua lei. Encontram-se nas fileiras do grande rebelde. Ele está em guerra com a lei de Deus, a qual é o fundamento do governo divino no Céu e na Terra. Esses homens estão fazendo a mesma obra que seu mestre efetuou ao buscar tornar sem efeito a santa lei de Deus. Nenhum transgressor dos mandamentos pode ter permissão para entrar no Céu; pois aquele que era outrora um puro e exaltado querubim cobridor foi expulso de lá por rebelar-se contra o governo de Deus. FO 25 3 Para muitos, a santificação é apenas justiça-própria. E, no entanto, essas pessoas afirmam ousadamente que Jesus é seu Salvador e Santificador. Que ilusão! Será que o Filho de Deus santificará o transgressor da lei do Pai -- aquela lei que Cristo veio engrandecer e tornar gloriosa? Ele testifica: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. Deus não abaixará Sua lei para acomodar-se ao imperfeito padrão humano; e o homem não pode satisfazer os reclamos dessa santa lei sem manifestar arrependimento para com Deus e fé para com o nosso Senhor Jesus Cristo. FO 25 4 "Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo." 1 João 2:1. Mas Deus não dedicou Seu Filho a uma vida de sofrimento e ignomínia, e a uma morte vergonhosa, para livrar o homem da obediência à lei divina. Tão grande é o poder enganador de Satanás que muitos têm sido levados a considerar a expiação de Cristo como não tendo valor real. Cristo morreu porque não havia outra esperança para o transgressor. Este poderia procurar guardar a lei de Deus no futuro; mas a dívida que ele contraiu no passado continuava a existir, e a lei teria de condená-lo à morte. Cristo veio pagar para o pecador essa dívida que lhe era impossível pagar por si mesmo. Assim, por meio do sacrifício expiatório de Cristo, concedeu-se outra oportunidade ao homem pecaminoso. O engano de Satanás FO 26 1 O engano de Satanás é que a morte de Cristo introduziu a graça para tomar o lugar da lei. A morte de Jesus de maneira alguma modificou, anulou ou diminuiu a lei dos Dez Mandamentos. Essa preciosa graça oferecida aos homens por meio do sangue do Salvador estabelece a lei de Deus. Desde a queda do homem, o governo moral de Deus e Sua graça são inseparáveis. Andam de mãos dadas através de todas as dispensações. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. FO 26 2 Jesus, nosso Substituto, consentiu em sofrer pelo homem a penalidade da lei transgredida. Ele revestiu Sua divindade com a humanidade, tornando-Se assim o Filho do homem, o Salvador e Redentor. O próprio fato da morte do amado Filho de Deus para remir o homem revela a imutabilidade da lei divina. Quão facilmente, do ponto de vista do transgressor, Deus poderia ter abolido Sua lei, provendo assim um meio pelo qual o homem pudesse ser salvo e Cristo permanecesse no Céu! A doutrina que ensina a liberdade, pela graça, para transgredir a lei é uma ilusão fatal. Todo transgressor da lei de Deus é um pecador, e ninguém pode ser santificado enquanto vive em pecado conhecido. FO 26 3 A condescendência e a angústia do amado Filho de Deus não foram suportadas a fim de adquirir para o homem a liberdade de transgredir a lei do Pai e sentar-se ainda com Cristo no Seu trono. Isso ocorreu para que por Seus méritos e pela manifestação de arrependimento e fé o pecador mais culpado possa receber perdão e obter força para levar uma vida de obediência. O pecador não é salvo em seus pecados, mas de seus pecados. Que é pecado? FO 26 4 A pessoa precisa primeiro convencer-se do pecado antes que o pecador sinta o desejo de ir a Cristo. "O pecado é a transgressão da lei." 1 João 3:4. "Eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei." Romanos 7:7. Quando o mandamento impressionou a consciência de Saulo, reviveu o pecado, e ele morreu. Considerou-se condenado pela lei de Deus. O pecador só pode convencer-se de sua culpa quando compreende o que constitui pecado. É impossível que um indivíduo experimente a santificação bíblica enquanto mantém a idéia de que, se crê em Cristo, é indiferente se obedece à lei de Deus, ou se desobedece a ela. FO 27 1 Os que professam guardar a lei de Deus, mas condescendem com o pecado no coração, são condenados pela Testemunha Verdadeira. Afirmam ser abastados no conhecimento da verdade; não estão, porém, em harmonia com os seus sagrados princípios. A verdade não santifica sua vida. A Palavra de Deus declara que o pretenso observador dos mandamentos cuja vida contradiz sua fé, é cego, miserável, pobre e nu. FO 27 2 A lei de Deus é o espelho que apresenta um reflexo completo do homem como ele é, e lhe expõe a imagem correta. Alguns darão meia volta e esquecerão esse quadro, ao passo que outros empregarão nomes injuriosos contra a lei, como se isso curasse seus defeitos de caráter. Outros ainda que são condenados pela lei se arrependerão de suas transgressões e, pela fé nos méritos de Cristo, aperfeiçoarão o caráter cristão. Condenados pela luz rejeitada por eles FO 27 3 O mundo interior é culpado, à vista de Deus, de transgredir Sua lei. O fato de que a grande maioria continuará a transgredir, permanecendo assim em inimizade com Deus, não é razão suficiente para que ninguém se confesse culpado e se torne obediente. Para o observador superficial, as pessoas que são naturalmente amáveis, que são educadas e refinadas, talvez pareçam ser perfeitas na vida. "O homem vê o exterior, porém o Senhor olha para o coração" 1 Samuel 16:7. A menos que as vivificantes verdades da Palavra de Deus, quando apresentadas à consciência, sejam, recebidas inteligentemente e então cumpridas fielmente na vida, ninguém pode ver o reino dos Céus. Para alguns, essas verdades têm certo fascínio devido a sua novidade, mas não são aceitas como a Palavra de Deus. Os que não aceitam a luz quando esta lhes é apresentada, serão condenados por ela. FO 28 1 Em toda congregação na Terra há pessoas insatisfeitas, que têm fome e sede da salvação. De dia e de noite, o fardo de seu coração é: "Que devo fazer para que seja salvo?" Ouvem atentamente os sermões populares, esperando aprender como podem ser justificadas diante de Deus. Mas, com demasiada freqüência, ouvem apenas uma palestra agradável, uma declamação eloquente. Há corações tristes e decepcionados em toda reunião religiosa. O pastor diz a seus ouvintes que eles não podem guardar a lei de Deus. "Ela não é obrigatória ao homem em nosso tempo", declara ele. "Deveis crer em Cristo; Ele vos salvará; tão-somente crede." Assim ele lhes ensina a fazer do sentimento o seu critério, e não lhes dá uma fé inteligente. Esse pastor pode professar ser muito sincero, mas está procurando acalmar a consciência perturbada com uma falsa esperança. Veneno espiritual coberto por açúcar FO 28 2 Muitos são levados a pensar que se encontram no caminho para o Céu porque professam crer em Cristo, embora rejeitem a lei de Deus. Mas descobrirão finalmente que se achavam no caminho para a perdição, e não para o Céu. Veneno espiritual é coberto de uma camada de açúcar com a doutrina da santificação, e administrado às pessoas. Milhares o engolem avidamente, supondo que se tão-somente forem sinceros em sua crença, estarão seguros. Mas a sinceridade não transforma o erro em verdade. Uma pessoa pode ingerir veneno, pensando que é alimento; mas a sua sinceridade não a livrará dos efeitos dessa dose. FO 28 3 Deus nos deu Sua Palavra para que seja nosso guia. Cristo declarou: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. Ele orou por Seus discípulos: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." João 17:17. Paulo diz: "Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno." Atos 26:9. Essa crença não fez, porém, que a sua atitude fosse correta. Quando Paulo aceitou o evangelho de Jesus Cristo, tornou-se uma nova criatura. Ele foi transformado; a verdade incutida em sua alma deu-lhe tal fé e coragem como seguidor de Cristo que não podia ser perturbado pela oposição nem intimidado pelo sofrimento. FO 28 4 Os homens podem apresentar o pretexto que quiserem para sua rejeição da lei de Deus; mas nenhum pretexto será aceito no dia do juízo. Os que estão contendendo com Deus e tornando sua alma culpada mais audaz na transgressão muito em breve terão de haver-se com o Grande Legislador, a respeito da violação de Sua lei. FO 29 1 Aproxima-se o dia da vingança de Deus -- o dia do furor de Sua ira. Quem suportará o dia de Sua vinda? Os homens têm endurecido o coração contra o Espírito de Deus, mas as setas de Sua ira penetrarão onde as setas da convicção não puderam penetrar. Não demorará muito para que Deus Se levante a fim de entender-Se com o pecador. Irá o falso pastor proteger o transgressor naquele dia? Haverá alguma desculpa para aquele que acompanhou a multidão no caminho da desobediência? A popularidade ou o número farão com que alguém se torne inocente? Os descuidados e indiferentes devem considerar essas questões e resolvê-las por si mesmos. ------------------------Capítulo 3 -- Cristo, justiça nossa FO 31 0 Palestra matutina aos pastores na assembléia da Associação Geral realizada em Novembro de 1883, em Battle Creek, Michigan. Publicada em Gospel Workers, 411-415(1892), e Mensagens Escolhidas 1:350-354. FO 31 1 "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. FO 31 2 Deus requer que confessemos nossos pecados e perante Ele humilhemos o coração; devemos, porém, ao mesmo tempo ter confiança nEle como um terno Pai, que não abandona aqueles que nEle põem a confiança. Muitos dentre nós andam pela vista, e não pela fé. Cremos nas coisas que se vêem, mas não avaliamos as preciosas promessas que nos são dadas na Palavra de Deus; e, no entanto, não podemos desonrar a Deus mais decididamente do que mostrando que desconfiamos do que Ele diz e pomos em dúvida se o Senhor é sincero para conosco ou nos está enganando. FO 31 3 Deus não Se desanima conosco por causa de nossos pecados. Podemos cometer erros e ofender o Seu Espírito; mas quando nos arrependemos e vamos ter com Ele com o coração contrito, Ele não nos faz voltar. Há empecilhos a serem removidos. Têm-se acariciado sentimentos errados, e tem havido orgulho, presunção, impaciência e murmurações. Tudo isso nos separa de Deus. Os pecados devem ser confessados; tem de haver mais profunda obra de graça no coração. Os que se sentem fracos e desanimados podem tornar-se fortes varões de Deus e fazer nobre trabalho pelo Mestre. Devem, porém, trabalhar de um ponto de vista elevado; não devem ser influenciados por quaisquer motivos egoístas. Os méritos de Cristo, nossa única esperança FO 31 4 Temos de aprender na escola de Cristo. Coisa alguma senão a Sua justiça pode dar-nos direito a uma única das bênçãos do concerto da graça. Por muito tempo desejamos e procuramos obter essas bênçãos, mas não as recebemos porque temos acariciado a idéia de que poderíamos fazer alguma coisa para nos tornar dignos delas. Não temos olhado para fora de nós mesmos, crendo que Jesus é um Salvador vivo. Não devemos pensar que nossa própria graça e méritos nos salvem; a graça de Cristo é nossa única esperança de salvação. Por meio de Seu profeta promete o Senhor: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isaías 55:7. Temos de crer na clara promessa, e não aceitar os sentimentos em lugar da fé. Quando confiarmos plenamente em Deus, quando nos apoiarmos nos méritos de Jesus como Salvador que perdoa os pecados, receberemos todo o auxílio que possamos desejar. FO 32 1 Olhamos para nós mesmos, como se tivéssemos poder para nos salvar; mas Jesus morreu por nós porque somos incapazes de isso fazer. NEle está nossa esperança, nossa justificação, nossa justiça. Não devemos ficar desanimados, temendo não termos um Salvador, ou que Ele não tenha pensamentos de misericórdia para conosco. Agora mesmo está Ele prosseguindo em Sua obra em nosso favor, convidando-nos para nos chegarmos a Ele em nosso desamparo, e sermos salvos. Desonramo-Lo por nossa incredulidade. É espantoso como tratamos o melhor de nossos amigos, quão pouca confiança depositamos nAquele que é capaz de nos salvar perfeitamente, e que nos deu toda prova de Seu grande amor. FO 32 2 Meus irmãos, porventura esperais que vosso mérito vos recomende ao favor de Deus, pensando que tendes de estar isentos de pecado antes de poder confiar em Seu poder para salvar? Se esta é a luta que se processa em vosso espírito, receio que não haveis de obter força, desanimando-vos afinal. "Olhai e vivei" FO 32 3 No deserto, quando o Senhor permitiu que serpentes venenosas picassem os rebeldes israelitas, Moisés foi instruído a levantar uma serpente ardente e ordenar a todos os feridos que olhassem para ela, a fim de viverem. Muitos, porém, não viram auxílio nesse remédio designado pelo Céu. Os mortos e moribundos rodeavam-nos por toda parte, e bem sabiam que sem o auxílio divino sua sorte estava selada; mas lamentavam seus ferimentos, suas dores e morte certa, até que se lhes esvaíssem as forças e os olhos se tornavam vidrados, quando podiam ter recebido cura instantânea. FO 33 1 "Como Moisés levantou a serpente no deserto", assim o Filho do homem foi "levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:14-15. Se sois conscientes de vossos pecados, não dediqueis todas as vossas faculdades a lamentá-los, mas olhai e vivei. Jesus é nosso único Salvador; e embora milhões de pessoas que carecem de cura rejeitem a misericórdia por Ele oferecida, ninguém que confie em Seus méritos será deixado a perecer. Conquanto reconheçamos nosso estado de desamparo sem Cristo, não nos devemos desanimar; devemos confiar num Salvador crucificado e ressurreto. Pobre alma, desanimada e ferida do pecado, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará a todos os que se chegarem a Ele. FO 33 2 Vinde a Jesus, e tereis descanso e paz. Podeis ter agora mesmo essa bênção. Satanás sugere que sois desamparados, que não podeis abençoar-vos a vós mesmos. É verdade; sois desamparados. Mas exaltai a Jesus diante dele: "Tenho um Salvador ressurgido. NEle confio, e Ele nunca permitirá que eu seja confundido. Em Seu nome triunfarei. Ele é minha justiça e minha coroa de glória." Que ninguém aqui julgue que seu caso seja sem esperança; porque não é. Podeis ver que sois pecadores e estais arruinados; mas é justamente por esse motivo que precisais de um Salvador. Se tendes pecados a confessar, não percais tempo. Estes momentos são áureos. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. Os que têm fome e sede de justiça serão fartos, pois Jesus o prometeu. Precioso Salvador! Seus braços estão abertos para receber-nos, e Seu grande coração de amor está à espera para nos abençoar. FO 33 3 Alguns parecem julgar que têm de estar sob prova, devendo demonstrar ao Senhor que estão reformados, antes de poder invocar Suas bênçãos. Mas estes podem reclamar a bênção agora mesmo. Precisam de Sua graça, do Espírito de Cristo, para serem ajudados em suas fraquezas, ou do contrário não podem formar um caráter cristão. Jesus fica feliz quando vamos a Ele tal qual estamos -- pecadores, desamparados, dependentes. Arrependimento, dom de Deus FO 34 1 O arrependimento, assim como o perdão, é dom de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém, senão os contritos, é perdoado; mas é a graça de Deus que torna o coração penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas e enfermidades, e nos ajudará. FO 34 2 Alguns que, pelo arrependimento e confissão, se achegam a Deus, e mesmo crêem que seus pecados estão perdoados, deixam de reclamar, como deviam, as promessas de Deus. Não vêem que Jesus é um Salvador sempre presente; e não estão dispostos a confiar a Ele a guarda de sua alma, contando com Ele para o aperfeiçoamento da obra da graça começada em seu coração. Conquanto pensem que se estão entregando a Deus, têm ainda grande dose de presunção. Há pessoas conscienciosas que confiam parcialmente em Deus, e parcialmente em si mesmas. Não esperam em Deus, para ser guardadas por Seu poder, mas confiam na vigilância contra a tentação e no cumprimento de certos deveres, para serem por Ele aceitas. Não há vitórias nessa espécie de fé. Essas pessoas labutam sem propósito algum; têm a alma em contínua escravidão, e só encontrarão descanso quando depuserem seus fardos aos pés de Jesus. FO 34 3 Há necessidade de constante vigilância e de fervorosa e terna dedicação; isso, porém, virá naturalmente, se a alma é guardada pelo poder de Deus, mediante a fé. Nada podemos fazer, absolutamente nada, para nos recomendar ao favor divino. Não devemos absolutamente confiar em nós mesmos nem em nossas boas obras; mas quando, como seres erradios e pecadores, nos chegamos a Cristo, encontramos descanso em Seu amor. Deus aceitará a cada um dos que se chegam a Ele, confiando inteiramente nos méritos de um Salvador crucificado. Brota o amor no coração. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas haverá uma duradoura e pacífica confiança. Todo peso se tornará leve; pois leve é o jugo imposto por Cristo. O dever torna-se um deleite, e um prazer o sacrifício. O caminho que antes parecia envolta em trevas, torna-se iluminada pelos raios do Sol da Justiça. Isso é andar na luz, como Cristo na luz está. ------------------------Capítulo 4 -- Ellen G. White elucida vários aspectos FO 35 0 Parte de um sermão pregado em Worcester, Massachusetts, em 31 de Julho de 1885, intitulado "A Verdadeira Norma de Justiça" e publicado na The Review and Herald, 25 de Agosto de 1885. FO 35 1 A pergunta a ser feita agora, é: Estão os professos seguidores de Cristo cumprindo as condições sob as quais é proferida a bênção? Estão eles se separando do mundo em espírito e prática? Como é difícil sair e separar-se de hábitos e costumes mundanos! Tenhamos, porém, bastante cuidado para que Satanás não nos seduza e engane por meio de falsas representações. Interesses eternos acham-se envolvidos aqui. As reivindicações de Deus devem vir em primeiro lugar; Suas exigências devem receber nossa principal atenção. FO 35 2 Todo filho do caído Adão deve, mediante a graça transformadora de Cristo, tornar-se obediente a todos os mandamentos de Deus. Muitos fecham os olhos aos mais claros ensinos de Sua Palavra porque a cruz se encontra diretamente no caminho. Se a erguerem, parecerão singulares aos olhos do mundo; e eles hesitam e duvidam, procurando algum pretexto para se esquivarem à cruz. Satanás sempre está pronto, e ele apresenta razões plausíveis por que não seria melhor obedecer exatamente ao que diz a Palavra de Deus. Assim, pessoas são enganadas fatalmente. Um engano bem-sucedido FO 35 3 Um dos mais bem sucedidos enganos de Satanás é induzir os homens a pretenderem estar santificados, ao mesmo tempo que estão vivendo em desobediência aos mandamentos de Deus. Esses são descritos por Jesus como os que hão de dizer: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas?" Mateus 7:22 FO 36 1 Sim, os que pretendem estar santificados têm muito que dizer a respeito de ser salvo pelo sangue de Jesus, mas a sua santificação não se dá por meio da verdade como ela é em Jesus. Conquanto pretendam crer nEle e aparentemente realizem obras maravilhosas em Seu nome, desprezam a lei de Seu Pai e atuam como instrumentos do grande adversário das almas para levar avante a obra que ele iniciou no Éden, a saber: apresentar desculpas plausíveis para não obedecer irrestritamente a Deus. Sua obra de levar os homens a desonrarem a Deus por desprezarem Sua lei será um dia desdobrada diante deles com seus verdadeiros resultados. FO 36 2 As condições da vida eterna são tão claras na Palavra de Deus que ninguém precisa errar, a não ser que escolha o erro em lugar da verdade porque sua alma não santificada ama mais as trevas do que a luz. FO 36 3 O intérprete da lei que se aproximou de Cristo com a pergunta: "Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" tencionava enredar a Cristo, mas Jesus lançou o fardo de volta sobre ele. "Que está escrito na lei? Como lês? E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás." Lucas 10:25-28. Essas palavras se aplicam aos casos individuais de todos. Estamos dispostos a cumprir as condições? Obedeceremos a Deus e guardaremos Seus mandamentos? Seremos praticantes da Palavra, e não apenas ouvintes? A lei de Deus é tão imutável e inalterável como o Seu caráter. Tudo que os homens digam ou façam para anulá-la não altera as suas exigências, nem os isenta de sua obrigação de obedecer. FO 36 4 Necessitamos diariamente de iluminação divina; devemos orar como Davi: "Desvenda os meus olhos, para que veja as maravilhas da Tua lei." Salmos 119:18. Deus terá um povo sobre a Terra que vindicará Sua honra dando valor a todos os Seus mandamentos; e Seus mandamentos não são penosos, nem um jugo de servidão. Davi orou em seus dias: "Já é tempo de operares, ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Salmos 119:126. FO 37 1 Nenhum de nós pode dar-se ao luxo de desonrar a Deus por viver na transgressão de Sua lei. Negligenciar a Bíblia e dedicar-nos à procura do tesouro terrestre é uma perda incalculável. Só a eternidade revelará o grande sacrifício feito por muitos para obter honras terrenas e vantagens mundanas, em detrimento da alma, em detrimento das riquezas eternas. Poderiam ter tido aquela vida que se compara com a vida de Deus; pois Jesus morreu para colocar as bênçãos e os tesouros do Céu ao seu alcance, para que não pudessem ser considerados pobres, infelizes e miseráveis na alta avaliação da eternidade. Ninguém entrará como transgressor dos mandamentos FO 37 2 Ninguém que tenha tido a luz da verdade entrará na cidade de Deus como transgressor dos mandamentos. Sua lei constitui o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. Se eles, intencionalmente, espezinharam e desprezaram Sua lei na Terra, não serão levados ao Céu para realizar a mesma obra ali; não haverá modificação do caráter quando Cristo vier. FO 37 3 A edificação do caráter deve prosseguir durante o tempo da graça. Dia a dia suas ações são registradas nos livros do Céu, e no grande dia de Deus eles serão recompensados segundo as suas obras. Então será visto quem receberá a bênção. "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Apocalipse 22:14, Almeida Antiga, margem. FO 37 4 Os que atacam a lei de Deus estão guerreando contra o próprio Deus; e muitos que estão cheios de grande amargura contra o povo de Deus que guarda os mandamentos fazem o maior alarde de terem uma vida santa e sem pecado. Isto só pode ser explicado deste modo: eles não possuem um espelho a que possam olhar para descobrir por si mesmos a deformidade de seu caráter. Nem José, nem Daniel, e nenhum dos apóstolos afirmou estar sem pecado. Os homens que viveram mais perto de Deus, os homens que sacrificariam a própria vida de preferência a pecar intencionalmente contra Ele, os homens a quem Deus honrou com divina luz e poder, reconheceram que eram pecadores e indignos de Seus grandes favores. Sentiram sua debilidade, e, pesarosos por seus pecados, procuraram imitar o modelo Jesus Cristo. Apenas duas classes: obedientes e desobedientes FO 38 1 Há somente duas classes sobre a Terra: os obedientes filhos de Deus, e os desobedientes. Certa ocasião Cristo apresentou deste modo a obra do julgamento a Seus ouvintes: "Quando o Filho do homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos, com Ele, então, Se assentará no trono da Sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dEle, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à Sua direita, mas os bodes à esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à Sua direita: Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me. FO 38 2 "Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando Te vimos com fome e Te demos de comer? Ou com sede e Te demos de beber? E, quando Te vimos estrangeiro e Te hospedamos? Ou nu e Te vestimos? E, quando Te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-Te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:31-40. FO 38 3 Assim Cristo identifica Seu interesse com o da humanidade sofredora. Toda atenção prestada a Seus filhos Ele a considera como sendo prestada a Sua própria Pessoa. Os que se dizem possuidores de santificação moderna ter-se-iam adiantado orgulhosamente, dizendo: "Senhor, Senhor! Tu não nos conheces? Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres?" Mateus 7:22. As pessoas aqui descritas, que fazem essas alegações pretensiosas, aparentemente entretecendo a Jesus em todos os seus atos, representam apropriadamente os que pretendem possuir santificação moderna, mas se acham em guerra com a lei de Deus. Cristo diz que eles praticam a iniqüidade porque são enganadores, trajando as vestes da justiça para ocultar a deformidade de seu caráter, a maldade interior de seu coração pecaminoso. FO 38 4 Satanás desceu nestes últimos dias para operar com todo engano de injustiça aos que perecem. Sua majestade satânica opera milagres à vista de falsos profetas, à vista de homens, afirmando que Ele é realmente o próprio Cristo. Satanás concede seu poder aos que o ajudam em seus enganos; portanto, os que pretendem ter o grande poder de Deus só podem ser discernidos pelo grande detector, a lei de Jeová. O Senhor nos diz que, se possível, eles enganariam os próprios eleitos. As vestes de ovelha parecem ser tão reais, tão genuínas, que o lobo só pode ser discernido quando nos dirigimos ao grande padrão moral de Deus e descobrimos ali que eles são transgressores da lei de Jeová. Agora, se já houve um tempo FO 39 1 Se já houve um tempo em que necessitamos de fé e iluminação espiritual, esse tempo é agora. Os que estão vigiando em oração e examinando diariamente as Escrituras com o ardente desejo de conhecer e fazer a vontade de Deus não serão desencaminhados por nenhum dos enganos de Satanás. Só eles discernirão o pretexto que homens astutos adotam para seduzir e enredar. Tanto tempo e atenção é dedicado ao mundo, ao vestuário e a comer e beber, que não sobra tempo para oração e para o estudo das Escrituras. FO 39 2 Precisamos da verdade em todos os pontos, e temos de buscá-la como a tesouros escondidos. Iguarias de fábulas nos são apresentadas em todos os lados, e os homens preferem crer no erro a crer na verdade, porque a aceitação desta última envolve uma cruz. O próprio eu precisa ser negado; o próprio eu precisa ser crucificado. Por isso Satanás lhes apresenta um caminho mais fácil, invalidando a lei de Deus. Quando Deus permite que o homem siga seu próprio caminho, esta é a hora mais sombria de sua vida. Pois deixar que um filho obstinado e desobediente faça o que bem entender e siga a inclinação de sua própria mente, acumulando sobre si as nuvens mais escuras do juízo de Deus, é algo terrível. FO 39 3 Satanás tem, porém, os seus agentes que são demasiado orgulhosos para arrepender-se e que se acham constantemente em atividade para derrubar a causa de Jeová e calcá-la aos pés. Que dia de tristeza e desespero quando eles depararem com sua obra acrescida de todo o seu fardo de resultados! Pessoas que poderiam ter sido salvas para Jesus Cristo se perderam por causa de seus ensinos e influência. FO 39 4 Cristo morreu por eles para que pudessem ter vida. Abriu diante deles o caminho por meio do qual pudessem, pelos Seus méritos, guardar a lei de Deus. Cristo diz: "Conheço as tuas obras -- eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar." Apocalipse 3:8. Quanto os homens se esforçam para fechar essa porta; mas não conseguem fazê-lo! Eis o testemunho de João: "E abriu-se no Céu o templo de Deus, e a arca do Seu concerto foi vista no Seu templo." Apocalipse 11:19. Sob o propiciatório, dentro da arca, estavam as duas tábuas de pedra, contendo a lei de Jeová. Os fiéis de Deus viram a luz procedente da lei que incidiu sobre eles, para que fosse dada ao mundo. E agora a intensa atividade de Satanás é fechar essa porta de luz; mas Jesus declara que ninguém pode fechá-la. Homens se desviarão da luz e irão denunciá-la e desprezá-la, mas ela ainda brilha em raios claros e distintos, para animar e abençoar a todos os que queiram vê-la. FO 40 1 Os filhos de Deus terão um difícil conflito com o adversário das almas, e este se tornará extremamente cruel ao nos aproximarmos de seu fim. Mas o Senhor ajudará os que defenderem Sua verdade. ------------------------Capítulo 5 -- Fé e obras FO 41 0 Palestra matutina proferida em Basel, Suíça, no dia 17 de Setembro de 1885. Publicada na revista The Signs of the Times, 16 de Junho de 1890. FO 41 1 "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam." Hebreus 11:6. No mundo cristão há muitos que alegam que tudo quanto é necessário para a salvação é ter fé; as obras não são nada; a única coisa essencial é a fé. Mas a Palavra de Deus nos diz que a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Muitos recusam obedecer aos mandamentos de Deus; dão, porém, muita importância à fé. Mas a fé precisa ter um fundamento. FO 41 2 Todas as promessas de Deus são feitas sob condições. Se fazemos Sua vontade, se andamos na verdade, então podemos pedir o que quisermos, e nos será feito. Enquanto procurarmos diligentemente ser obedientes, Deus ouvirá nossas petições; mas Ele não nos abençoará na desobediência. Se resolvemos desobedecer a Seus mandamentos, podemos exclamar: "Fé, fé, tão-somente tende fé!", e a segura Palavra de Deus dará a resposta: "A fé sem as obras é morta." Tiago 2:20. Semelhante fé será apenas como o bronze que soa e como o címbalo que retine. A fim de receber os benefícios da graça de Deus precisamos fazer a nossa parte; precisamos labutar fielmente e produzir frutos dignos do arrependimento. FO 41 3 Somos cooperadores de Deus. Não deveis sentar-vos indolentemente, aguardando uma grande ocasião para realizar importante obra para o Mestre. Não deveis negligenciar o dever que se acha diretamente em vosso caminho, mas deveis aproveitar as pequenas oportunidades que surgem ao vosso redor. ... Lutar, trabalhar e esforçar-se FO 42 1 Devemos fazer tudo que pudermos, de nossa parte, para combater o bom combate da fé. Devemos lutar, trabalhar, esforçar-nos e agonizar por entrar pela porta estreita. Sempre devemos pôr o Senhor diante de nós. Com mãos limpas, com coração puro, temos de procurar honrar a Deus em todos os nossos caminhos. Foi-nos provido auxílio nAquele que é poderoso para salvar. O espírito de verdade e luz nos vivificará e renovará por suas misteriosas atuações; pois todo o nosso progresso espiritual vem de Deus, e não de nós mesmos. O verdadeiro obreiro terá poder divino para ajudá-lo, mas o ocioso não será sustentado pelo Espírito de Deus. FO 42 2 Em certo sentido somos deixados na dependência de nossas próprias energias; devemos procurar diligentemente ser zelosos e arrepender-nos, limpar as mãos e purificar o coração de toda contaminação; devemos alcançar a norma mais elevada, crendo que Deus nos ajudará em nossos esforços. Precisamos buscar, se queremos achar, e buscar com fé; temos de bater, para que nos seja aberta a porta. A Bíblia ensina que tudo quanto se relaciona com nossa salvação depende de nossa própria conduta. Se perecermos, a responsabilidade recairá inteiramente sobre nós mesmos. Tendo sido feita a provisão e se aceitarmos as condições de Deus, podemos tomar posse da vida eterna. Temos de ir a Cristo com fé, temos de ser diligentes e confirmar a nossa vocação e eleição. FO 42 3 O perdão do pecado é prometido àquele que se arrepende e crê; a coroa da vida será a recompensa daquele que for fiel até o fim. Podemos crescer na graça aproveitando a graça que já temos. Devemos manter-nos incontaminados do mundo se quisermos ser achados irrepreensíveis no dia de Deus. A fé e as obras andam de mãos dadas; elas atuam harmoniosamente na obra de vencer. As obras sem fé são mortas, e a fé sem obras é inoperante. As obras nunca nos salvarão; é o mérito de Cristo que será eficaz em nosso favor. Mediante a fé nEle, Cristo tornará todos os nossos esforços imperfeitos aceitáveis a Deus. A fé que precisamos ter não é uma fé indolente; a fé que salva é aquela que opera pelo amor e purifica o ser. Quem quer levantar a Deus mãos santas, sem ira e sem rancor, andará inteligentemente no caminho dos mandamentos de Deus. FO 42 4 Para termos perdão de nossos pecados, precisamos ter primeiro uma compreensão do que é o pecado, a fim de que possamos arrepender-nos e produzir frutos dignos do arrependimento. Temos de ter um sólido fundamento para a nossa fé; ela deve estar baseada na Palavra de Deus, e seus resultados serão vistos na obediência à expressa vontade de Deus. Diz o apóstolo: "Sem a... [santidade] ninguém verá o Senhor." Hebreus 12:14. FO 43 1 A fé e as obras nos manterão bem-equilibrados e nos tornarão bem-sucedidos na obra de aperfeiçoar o caráter cristão. Jesus declara: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 7:21. Falando do alimento temporal, disse o apóstolo: "Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também." 2 Tessalonicenses 3:10. A mesma regra se aplica a nossa nutrição espiritual; se alguém quer ter o pão da vida eterna, faça esforços para obtê-lo. FO 43 2 Estamos vivendo num importante e interessante período da história terrestre. Necessitamos de mais fé do que tivemos até agora; necessitamos de mais firme apego ao alto. Satanás está trabalhando com todo o poder para obter a vitória sobre nós, pois sabe que tem pouco tempo para trabalhar. Paulo desenvolvia sua salvação com temor e tremor; e não devemos temer que, sendo-nos deixada a promessa, suceda parecer que algum de nós tenha falhado e demonstremos ser indignos da vida eterna? Devemos vigiar em oração, fazendo desmedido esforço para entrar pela porta estreita. Jesus supre nossa deficiência FO 43 3 Não há desculpa para o pecado ou para a indolência. Jesus vai à frente e quer que sigamos os Seus passos. Ele sofreu, Ele Se sacrificou como nenhum de nós pode fazê-lo, para que pudesse colocar a salvação ao nosso alcance. Não precisamos ficar desalentados. Jesus veio a nosso mundo trazer poder divino ao homem, para que por meio de Sua graça possamos ser transformados à Sua semelhança. FO 43 4 Se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita esta disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência com Seu próprio mérito divino. Ele não aceitará os que alegam ter fé nEle e no entanto são desleais ao mandamento de Seu Pai. Muito ouvimos acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos estão a enganar a própria alma, vivendo uma religião fácil, acomodatícia, sem cruz. Mas diz Jesus: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Mateus 16:24. ------------------------Capítulo 6 -- Uma advertência contra a falsa santificação FO 45 0 De um relato da "Assembléia na Suécia", em meados de Junho de 1886. Publicado na The Review and Herald, 5 de Outubro de 1886. FO 45 1 Durante as reuniões em Orebro, fui impelida pelo Espírito do Senhor a apresentar Sua lei como a grande norma de justiça e a advertir nosso povo contra a falsa santificação moderna, que tem sua origem na adoração da vontade, e não na submissão à vontade de Deus. Este erro está rapidamente inundando o mundo, e, como testemunhas de Deus, seremos convidados a dar decidido testemunho contra ele. É um dos maiores enganos dos últimos dias e constituirá uma tentação para todos os que crêem na verdade presente. Aqueles cuja fé não está firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus serão enganados. E a parte mais triste de tudo isso é que bem poucos dos que são enganados por esse erro encontram novamente o caminho para a luz. FO 45 2 A Bíblia é a norma para provar as alegações de todos os que professam santificação. Jesus orou que Seus discípulos fossem santificados pela verdade, e Ele diz: "A Tua palavra é a verdade." (João 17:17); ao passo que o salmista declara: "A Tua lei é a verdade." Salmos 119:142. Todos aqueles a quem Deus está guiando manifestarão elevada consideração pelas Escrituras nas quais é ouvida Sua voz. A Bíblia ser-lhes-á "útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra". 2 Timóteo 3:16. "Por seus frutos os conhecereis." Mateus 7:16. FO 45 3 Não precisamos de outra evidência para formar juízo sobre a santificação de homens; se tiverem receio de não estar obedecendo a toda a vontade de Deus, se diligentemente prestam atenção a Sua voz, confiando em Sua sabedoria e fazendo de Sua Palavra o seu conselheiro, então, embora não façam alarde de bondade superior, podemos estar certos de que estão procurando alcançar a perfeição do caráter cristão. No entanto, se os que pretendem possuir santidade dão a entender que não precisam mais examinar as Escrituras, não devemos hesitar em declarar que sua santificação é falsa. Estão-se apoiando no seu próprio entendimento, em vez de submeter-se à vontade de Deus. O que Deus requer FO 46 1 Deus requer neste tempo exatamente o que Ele requereu do santo par no Éden -- perfeita obediência a Seus preceitos. Sua lei continua sendo a mesma em todos os séculos. A grande norma de justiça apresentada no Antigo Testamento não é rebaixada no Novo. A obra do evangelho não é atenuar as reivindicações da santa lei de Deus, mas elevar os homens até poderem guardar os seus preceitos. FO 46 2 A fé em Cristo que salva a alma não é o que muitos imaginam que ela é. "Crede, crede", é o seu brado; "tão-somente crede em Cristo, e sereis salvos. É tudo que tereis de fazer." Embora a fé verdadeira confie inteiramente em Cristo para a salvação, ela conduzirá a perfeita conformidade com a lei de Deus. A fé é manifestada pelas obras. E o apóstolo João declara: "Aquele que diz: Eu O conheço, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nEle não está a verdade." 1 João 2:4. FO 46 3 É perigoso confiar nos sentimentos ou impressões, pois são guias que não merecem confiança. A lei de Deus é a única norma correta de santidade. É por essa lei que deve ser julgado o caráter. Se quem anda em busca da salvação perguntasse: "Que farei para herdar a vida eterna?", os mestres modernos da santificação responderiam: "Crê somente que Jesus te salva." Quando, porém, essa pergunta foi feita a Cristo, Ele disse: "Que está escrito na lei? Como lês?" E quando o indagador respondeu: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração... e ao teu próximo como a ti mesmo", Jesus declarou: "Respondeste bem; faze isso, e viverás". Lucas 10:25-29. FO 46 4 A verdadeira santificação será evidenciada por conscienciosa consideração a todos os mandamentos de Deus, por esmerado desenvolvimento de todos os talentos, por conversação ponderada e revelando em todos os atos a mansidão de Cristo. Santificação que afasta da Bíblia FO 47 1 Estiveram presentes a essa reunião várias pessoas que se apegavam à teoria popular da santificação, e quando foram apresentadas as reivindicações da lei de Deus e se mostrou o verdadeiro caráter desse erro, um homem ficou tão ofendido que se levantou abruptamente e saiu da sala de reuniões. Mais tarde ouvi dizer que ele viera de Estocolmo para assistir à reunião. Em conversa com um de nossos pastores, afirmou ser sem pecado e disse que não tinha necessidade da Bíblia, pois o Senhor lhe comunicava diretamente o que devia fazer. Ele se achava muito além dos ensinos da Bíblia. Que se pode esperar dos que seguem sua própria imaginação em lugar da Palavra de Deus, se não que sejam enganados? Que impedirá o grande enganador de os levar cativos a sua vontade, se essas pessoas rejeitam o único detector do erro? FO 47 2 Esse homem representa uma classe de pessoas. A falsa santificação conduz diretamente para longe da Bíblia. A religião é reduzida a uma fábula. Sentimentos e impressões tornam-se o critério. Conquanto pretendam ser sem pecado e se gabem de sua justiça, os que alegam possuir santificação ensinam que os homens têm permissão para transgredir a lei de Deus e que os que obedecem a seus preceitos caíram da graça. A lei de Deus provoca a oposição e a ira dessas pessoas. Assim é revelado o seu caráter, pois "a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser". Romanos 8:7. FO 47 3 O verdadeiro seguidor de Cristo não fará arrogantes pretensões de santidade. É pela lei de Deus que o pecador se convence de seu erro. Ele vê sua própria pecaminosidade em contraste com a perfeita justiça imposta por ela, e isso o conduz a humildade e arrependimento. É reconciliado com Deus por meio do sangue de Cristo, e, continuando a andar com Ele, obterá mais clara compreensão da santidade do caráter de Deus e da natureza abarcante de Seus requisitos. Verá mais claramente os seus próprios defeitos e sentirá a necessidade de contínuo arrependimento e fé no sangue de Cristo. FO 47 4 Aquele que tem contínuo senso da presença de Cristo não pode condescender com a confiança em si mesmo nem com a justiça própria. Nenhum dos profetas ou apóstolos fez arrogantes proclamações de santidade. Quanto mais se aproximavam da perfeição de caráter, tanto menos se consideravam dignos e justos. Aqueles, porém, que possuem o menor senso da perfeição de Jesus, aqueles cujos olhos são menos voltados para Ele, são os que têm as maiores pretensões de perfeição. ------------------------Capítulo 7 -- Como saber se Deus está guiando FO 49 0 Parte de uma palestra matutina em Copenhague, Dinamarca, 21 de Julho de 1886, intitulada "Examinai as Escrituras". Publicada na The Review and Herald, 3 de Abril de 1888. FO 49 1 Deparareis, como eu, com pessoas que professam ser santificadas e santas. Ora, essa doutrina encerra uma influência sedutora. Elas vos relatarão maravilhosos exercícios mentais para mostrar-vos que o Senhor as está guiando e ensinando. Como, então, podeis saber se o Senhor as está guiando? Bem, há uma prova: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta Palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:20. FO 49 2 Se é suscitada a hostilidade do coração humano quando é mencionado o Senhor, o grande Jeová, podeis saber que a pessoa não tem ligação com Deus. As pessoas podem alegar que têm grande fé em Jesus e que não se pode fazer coisa alguma que não seja efetuada por Cristo. Pois bem, quando Cristo despertar os mortos, dependerá inteiramente de vosso procedimento se tereis uma ressurreição para a vida eterna ou uma ressurreição para a condenação eterna. Assim, eles misturam todas estas verdades com o erro, e não podem dizer o que é verdade; e se forem convidados a sentar-se e examinar as Escrituras convosco, para ver o que diz o Senhor, eu nunca soube de um caso em que a resposta não fosse que eles não tinham necessidade de examinar as Escrituras, pois o Senhor lhes dizia o que deviam fazer. FO 49 3 A voz de Deus nos está falando por meio de Sua Palavra, e há muitas vozes que serão ouvidas por nós; mas Cristo afirmou que devemos acautelar-nos dos que dirão: "Eis aqui o Cristo! ou: Ei-Lo ali!" Marcos 13:21. Por consequência, como saberemos que eles não têm a verdade, a não ser que levemos tudo às Escrituras? Cristo recomendou que nos acautelemos dos falsos profetas que se nos apresentam em Seu nome, dizendo que eles são o Cristo. Ora, se adotásseis o ponto de vista de que não é importante compreenderdes as Escrituras por vós mesmos, estaríeis em perigo de ser desencaminhados por essas doutrinas. Cristo disse que haverá um grupo de pessoas que dirá no dia do juízo executivo: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas?" Mateus 7:22. Mas Cristo replicará: "Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade." Mateus 7:23. FO 50 1 Pois bem, precisamos compreender o que é o pecado -- a saber, que ele é a transgressão da lei de Deus. Essa é a única definição dada nas Escrituras. Vemos, portanto, que os que pretendem ser guiados por Deus, mas se afastam dEle e de Sua lei, não examinam as Escrituras. O Senhor, porém, guiará a Seu povo; pois Ele diz que Suas ovelhas O seguirão se ouvirem Sua voz, mas não seguirão o estranho. Portanto, compete-nos compreender profundamente as Escrituras. E não precisaremos indagar se os outros têm a verdade, pois isto será visto em seu caráter. Satanás operará milagres FO 50 2 Aproxima-se o tempo em que Satanás operará milagres bem à vossa vista, alegando ser o Cristo; e se os vossos pés não estiverem firmemente estabelecidos na verdade de Deus, sereis então desviados de vosso fundamento. A única segurança para vós está em buscar a verdade como a tesouros escondidos. Cavai em busca da verdade como o faríeis por tesouros na Terra, e apresentai a Palavra de Deus, a Bíblia, perante vosso Pai celestial, dizendo: "Ilumina-me; ensina-me o que é verdade." FO 50 3 E quando Seu Santo Espírito entrar em vosso coração, para inculcar a verdade em vossa alma, não a deixareis sair com facilidade. Tendes obtido tal experiência em examinar as Escrituras que todo ponto é estabelecido. E é importante que examineis as Escrituras continuamente. Deveis abastecer a mente com a Palavra de Deus; pois podeis ser separados e colocados onde não tereis o privilégio de reunir-vos com os filhos de Deus. Então precisareis dos tesouros da Palavra de Deus escondidos em vosso coração, e quando a oposição irromper ao vosso redor, tereis de levar tudo às Escrituras. ------------------------Capítulo 8 -- O povo que guarda os mandamentos de Deus FO 51 0 Parte de um sermão em South Lancaster, Massachusetts, 19 de Janeiro de 1889, intitulado "NEle Está a Luz". Publicado na The Review and Herald, 26 de Fevereiro de 1889. FO 51 1 Todo o céu tem olhado com profundo interesse para os que pretendem ser o povo que guarda os mandamentos de Deus. Eis aqui o povo que deveria ser capaz de reivindicar todas as ricas promessas de Deus; que deveria avançar de glória em glória e de força em força; que deveria estar em condições de trazer glória a Deus nas obras praticadas por eles. Jesus disse: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:16. FO 51 2 Temos recebido a rica bênção de Deus, mas não devemos parar aqui. Devemos captar cada vez mais os raios divinos da luz do Céu. Devemos colocar-nos exatamente onde possamos receber a luz e refleti-la, em sua glória, sobre o caminho dos outros. Nunca houve um tempo em que poderíamos ter mais coragem e confiança na obra do que no tempo presente. Há muitos em nosso mundo que não guardam os mandamentos de Deus, nem pretendem fazê-lo, e que, no entanto, reivindicam todas as Suas bênçãos. Estão dispostos a aceitar Suas promessas e apossar-se delas sem atentar para as condições em que elas se baseiam. Não têm direito às bênçãos reivindicadas por eles. FO 51 3 Por que, porém, não deveriam os que guardam os Seus mandamentos apegar-se às promessas que foram dadas aos filhos de Deus? Podemos ver a justiça de Cristo na lei. Na cruz do Calvário "a misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram". Salmos 85:10. Essa é a fusão que deveria haver em nossa obra. FO 52 1 A verdade e a justiça devem ser apresentadas com o amor de Deus, da maneira como foi manifestado em Jesus. Que pureza será vista então! Que purificação de toda contaminação moral se mostrará necessária! Então, quando isto é efetuado, a obstinação da vontade que tem mantido tantos afastados da luz, ao contemplarem a preciosidade do Redentor, Sua misericórdia e piedade, desaparecerá completamente de sua alma. FO 52 2 Cada um de nós tem de cair sobre a Rocha e despedaçar-se. Haverá alguém que reterá sua obstinação? Haverá alguém que se apegará a sua justiça-própria? Haverá alguém que perderá de vista a preciosidade de Cristo? Há algum coração aqui que não será sensibilizado pelo amor de Jesus? Alguém reterá uma partícula de amor-próprio? FO 52 3 Precisamos chegar mais perto ainda de Deus... Por que nosso coração tem sido tão insensível ao amor de Deus? Por que temos feito tão mau julgamento de nosso Pai celestial? Pela luz que Deus me tem dado, sei que Satanás tem representado mal a nosso Deus de toda maneira possível. Ele tem lançado sua sombra infernal sobre o nosso caminho, para que não possamos discernir que o nosso Deus é um Deus de misericórdia, compaixão e verdade. É por isso que o ferro penetrou em nossa alma. FO 52 4 Então temos falado das trevas que o maligno lançou sobre nós, e temos lamentado a nossa condição; e, procedendo assim, só temos estendido a sombra sobre outras almas, e o que nos tem prejudicado também é prejudicial a eles. Ao proferirmos nossas palavras de descrença, outros têm sido envoltos em trevas e dúvida. FO 52 5 Não podemos dar-nos ao luxo de realizar essa obra. Colocamos assim nosso bondoso Pai celestial sob uma falsa luz. Tudo isso deve ser mudado. Devemos captar os raios da verdade divina e deixar que nossa luz incida sobre o escuro caminho dos outros. A luz do Céu brilha para os que querem seguir a Cristo, a luz do mundo. Ele diz: "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12. FO 52 6 Que espécie de recomendação estais dando ao mundo, da religião de Cristo, se andais descontentes, queixosos e cheios de tristeza? Os que guardam os mandamentos de Deus devem tornar manifesto que a verdade está santificando a alma, refinando e purificando os pensamentos, e elevando o caráter e a vida. Cristo morreu para que a imagem moral de Deus pudesse ser restaurada em nossa alma e refletida para os que se acham ao nosso redor. FO 53 1 Precisamos beber cada vez mais da fonte da vida. Espero que nenhuma pessoa se satisfaça sem esmerada preparação para a eternidade, e deste tempo em diante seja visto, tanto por preceito como por exemplo, que sois representantes de Cristo. Podeis dar um vivo testemunho: "Ouvi o que o Senhor tem feito por minha alma." O Senhor está disposto a comunicar bênçãos maiores ainda. FO 53 2 Ele permitiu que toda a Sua bondade passasse diante de Moisés; proclamou-lhe o Seu caráter como sendo um Deus cheio de misericórdia, longânimo e clemente -- perdoando a iniqüidade, a transgressão e o pecado. Moisés devia representar esse caráter ao povo de Israel, e nós devemos fazer a mesma coisa. FO 53 3 Temos de sair e proclamar a bondade de Deus, tornando evidente Seu verdadeiro caráter perante as pessoas. Devemos refletir Sua glória. Fizemos isto no passado? Temos revelado o caráter de nosso Senhor por preceito e exemplo? Não temos tomado parte na obra do inimigo das almas, representando mal a nosso Pai celestial? Não temos julgado a nossos irmãos, criticando suas palavras e ações? Nesse caso o amor de Deus não tem sido entronizado em nossa alma. Façamos uma modificação definida. ------------------------Capítulo 9 -- A qualidade de nossa fé FO 55 0 Sermão pregado por Ellen G. White em Ottawa, Kansas, no sábado 11 de Maio de 1889, poucos meses após a assembléia de Mineápolis, constituindo sua apresentação simples e prática do assunto. Arquivado como Manuscrito 1, 1889. FO 55 1 Texto: João 3:1-16 (lido pela pregadora). FO 55 2 Se não houvesse nada mais, em todas as Escrituras, que apontasse claramente o caminho para o Céu, nós o teríamos aqui nestas palavras. Elas nos dizem que é conversão. Declaram-nos que temos de fazer para ser salvos. E, meus amigos, desejo dizer-vos que isso atinge diretamente a raiz da obra superficial no mundo religioso. Opõe-se diretamente à idéia de que podemos tornar-nos filhos de Deus sem alguma modificação especial. É efetuada em nós uma nítida mudança se a verdade de Deus encontrou guarida em nosso coração, pois ela exerce uma influência santificadora sobre a vida e sobre o caráter. Quando vemos os frutos da justiça naqueles que pretendem possuir uma verdade avançada, como é o nosso caso, haverá um procedimento que testifica que temos aprendido de Cristo. FO 55 3 Quando Cristo, a Esperança de Israel, foi suspenso na cruz e levantado segundo Ele dissera a Nicodemos, a esperança dos discípulos morreu com Jesus. Eles não podiam explicar a questão. Não conseguiam compreender tudo que Cristo de antemão lhes dissera a esse respeito. FO 55 4 No entanto, após a ressurreição, suas esperanças e fé reviveram, e saíram proclamando a Cristo e Este crucificado. Contaram como o Senhor da vida e glória foi agarrado e crucificado por mãos perversas, mas ressuscitou dentre os mortos. E assim, com grande ousadia, eles proferiam as palavras de vida que causavam muita admiração ao povo. FO 55 5 Os fariseus e os que ouviram os discípulos proclamar audazmente que Jesus era o Messias, deduziram que eles haviam estado com Jesus e dEle aprendido. Eles falavam exatamente como Jesus falava. Isso assentou na mente daqueles que estes haviam aprendido de Jesus. Que tem acontecido com os Seus discípulos em todas as épocas do mundo? Ora, eles têm aprendido de Jesus; têm estado em Sua escola; têm sido Seus alunos e têm aprendido as lições de Cristo no tocante à viva ligação da alma com Deus. Essa fé viva é essencial à nossa salvação, para que nos apeguemos aos méritos do sangue do Salvador crucificado e ressurreto, a Cristo, justiça nossa. FO 56 1 Parece haver-se acumulado uma atmosfera sombria em torno da alma do homem, cerceando a mente. Quase é impossível romper essa atmosfera de dúvida e descrença. Quase é impossível despertar os interesses vitais do homem para que ele compreenda o que deve fazer para ser salvo. A simplicidade de ser salvo FO 56 2 Quem se apegar à justiça de Cristo não deve esperar um só momento que ele mesmo possa apagar seus próprios pecados. Não deve esperar até que tenha produzido um arrependimento conveniente, antes que possa apegar-se à justiça de Cristo. Não compreendemos o assunto da salvação. Ele é tão simples como o ABC. Mas não o compreendemos. FO 56 3 Pois bem, como é que um homem se arrepende? É algo dele mesmo? Não; porque o coração natural está em inimizade com Deus. Então, como pode o coração natural mover-se ao arrependimento, se não tem poder para fazê-lo? Que leva o homem ao arrependimento? É Jesus Cristo. Como Ele conduz o homem ao arrependimento? Há milhares de maneiras pelas quais Ele pode efetuá-lo. FO 56 4 O Deus do Céu está atuando sobre mentes humanas em todo o tempo. É feito um convite na Palavra de Deus, e não somente ali, mas também por todos os que crêem em Jesus Cristo e estão revelando a Cristo em seu caráter. Talvez não preguem um só sermão; talvez não se aproximem diretamente de uma pessoa nem lhe falem de sua condição de impenitência; no entanto, ao entrar em contato com algum dos discípulos de Jesus Cristo, essa pessoa vê que há neles alguma coisa que ela não possui. Os fariseus viram que havia algo nos discípulos que eles não podiam interpretar. Viram algo maravilhoso, e reconheceram que os discípulos tinham ouvido a Jesus e aprendido Suas lições. FO 57 1 Há impressões que estão sendo causadas em todo o tempo. Há uma atmosfera que circunda a alma humana, e essa atmosfera é celestial ou infernal. Só há duas linhas distintas. Ou estamos do lado da questão que é de Cristo, ou do lado do inimigo. E se estamos continuamente extraindo raios da gloriosa luz divina, anjos de Deus se encontram ao nosso redor, e há uma atmosfera que circunda a alma humana. Nossa própria atitude, nossas próprias palavras dão testemunho de genuína conversão a todos os que estão dentro da esfera de nossa influência. "O Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha." Apocalipse 22:17. FO 57 2 Agora que somos ramos da Videira que vive, seremos nutridos com a seiva que flui da Videira. Ela flui em todo o tempo para cada ramo, e todo ramo dará fruto para a glória de Deus. "Nisto é glorificado Meu Pai, em que deis muito fruto." João 15:8. Qual é, portanto, a vossa condição? Deve ser uma condição de fé viva. Não há como deduzir logicamente FO 57 3 "Quero" diz alguém "resolver logicamente essa questão." Bem, resolvei-a logicamente, se puderdes. "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz", mas não podeis explicá-lo. E também não podeis explicar as coisas de Deus no coração humano. Não podeis explicar essa fé que se apega inteiramente aos méritos do sangue de um Salvador crucificado e ressurreto para introduzir a justiça de Cristo em vossa vida. Vestidos com a justiça de Cristo, e não com vossa própria justiça, não confiareis naquilo que podeis ou quereis fazer. Não sabeis que sem Cristo nada podeis fazer? "Sem Mim" diz Ele "nada podeis fazer." João 15:5. FO 57 4 Quando vos assentais à vossa mesa, o alimento que comeis é uma expressão do amor de Cristo. E o que se ouve da verdade das palavras de Deus do púlpito é uma mensagem que é enviada para proclamar-nos as palavras da vida. FO 57 5 Quem dentre vós tem reunido todas as dúvidas e questões que poderia reunir e amontoar contra essa justiça de Cristo? Quem tem feito isso? De que lado vos encontrais? FO 57 6 Tendes aceito um ponto após o outro das preciosas verdades, à medida que têm sido apresentados? Ou tendes pensado que seguis vossas próprias idéias e opiniões, lendo e julgando a Palavra de Deus por vossas opiniões e teorias? Ou levareis vossas idéias e teorias à Palavra de Deus e deixareis que os oráculos vivos vos revelem onde se encontram as deficiências e os defeitos de vossas idéias e teorias? Não podemos adotar a posição de que julgaremos a Palavra de Deus porque críamos assim e assim. "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:20. FO 58 1 Se já houve um povo que necessitasse de luz, são os que estão vivendo nos dias finais da história terrestre. Precisamos saber o que diz a Escritura. Precisamos achegar-nos aos vivos oráculos de Deus. Precisamos daquela fé viva que se apega ao braço do Poder infinito, e precisamos confiar de todo o nosso ser em Jesus Cristo, justiça nossa. E podemos fazê-lo. Sim, nós o fazemos proveitosamente para o bem de nossa própria alma. FO 58 2 Podeis estar unidos à videira que vive. Cada membro de todo o vosso ser pode estar unido a essa Videira, e a seiva e nutrição provenientes da Videira nutrirão o ramo que está na Videira, até que sejais um com Cristo assim como Ele era um com o Pai. Deste modo ser-vos-ão transmitidas as Suas bênçãos. Mas, irmãos, não temos tido fé. Há bastante tempo temos desonrado a Deus com a descrença. A fé do paralítico FO 58 3 Reporto-me ao paralítico, o qual não usara seus membros por muitos anos. Ei-lo ali! Os sacerdotes, os maiorais e os escribas examinaram o seu caso e declararam que era desesperador. Disseram-lhe que ele se achava nessa condição devido a seu próprio pecado, e que não havia esperança para ele. Mas recebeu a informação de que havia um homem chamado Jesus, o qual realizava prodígios. Ele estava curando os doentes, e até ressuscitava os mortos. "Mas como poderei ir ter com Ele?" perguntou o homem. FO 58 4 "Nós o levaremos a Jesus", responderam os seus amigos; "bem à Sua presença; ouvimos dizer que Ele chegou a tal e tal lugar." FO 58 5 E assim eles pegaram o homem desesperançado e o levaram aonde sabiam que Jesus estava. Mas a multidão circundava tão de perto o edifício em que Jesus Se achava, que eles nem sequer teriam a oportunidade de chegar até à porta. Que iriam fazer? O paralítico sugeriu que abrissem o eirado, tirando os ladrilhos, e o descessem por essa abertura. FO 59 1 E assim ele manifestou sua fervorosa fé. Eles o fizeram, e o homem foi posto bem na frente de Jesus, onde Este pudesse olhar para ele. E Jesus, vendo-o, compadeceu-Se dele e disse: "Filho, os teus pecados estão perdoados." Marcos 2:5. Bem, que alegria foi essa! Jesus sabia exatamente o que necessitava essa alma enferma de pecado. Sabia que esse homem fora afligido por sua própria consciência, e disse portanto: "Os teus pecados estão perdoados." Que alívio lhes adveio à mente! Que esperança lhe encheu o coração! FO 59 2 Então os sentimentos se exacerbaram no coração dos fariseus: "Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?" Marcos 2:7. FO 59 3 A seguir, disse-lhes Jesus: "Para que saibais que o Filho do homem tem sobre a Terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico): Eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." Lucas 5:24. O quê? Erguer o leito com os braços paralisados! O quê? Colocar-se em pé com as pernas entrevadas! O que ele fez? Ora, ele fez simplesmente o que lhe foi ordenado. Efetuou o que o Senhor lhe mandou fazer. O poder da vontade foi aplicado para mover suas pernas e braços paralisados, e eles reagiram, embora não houvessem reagido por longo tempo. Essa manifestação revelou às pessoas que havia Alguém no meio deles que não somente podia perdoar pecados, mas também curar os doentes. FO 59 4 No entanto, essa poderosa evidência concedida aos fariseus não os converteu. Os homens podem encerrar-se de tal maneira em descrença, dúvida e infidelidade, que a ressurreição dos mortos não os convenceria. Devido a sua descrença, eles estariam na mesma posição de incredulidade, não convencidos nem convertidos. Mas todos os que têm coração para aceitar a verdade e ouvidos para ouvir, glorificam a Deus. Eles exclamam: "Anteriormente nunca o havíamos visto deste modo!" A reação do paralítico FO 59 5 Ali estava o paralítico, e, falando Cristo com ele, esse indivíduo contou-Lhe a lamentável história de como, assim que ele descia à água para ser curado, alguma outra pessoa entrava antes dele. Cristo perguntou-lhe: "Queres ser curado?" João 5:6. Que pergunta! Era por isso que ele estava ali, mas Cristo queria suscitar a expressão do desejo de ser curado no coração desse homem. E quando Cristo ordenou que ele se levantasse, tomasse o seu leito e andasse, o homem fez exatamente o que Cristo determinou. Ele não disse: "Ora essa! Estou aqui há trinta anos, e não dei um só passo durante esse tempo." Não se deteve para argumentar, mas fez exatamente o que lhe foi ordenado. Tomou o seu leito e saiu andando, e ficou curado desse momento em diante. FO 60 1 É dessa fé que necessitamos. Se, porém, vos detiverdes a explicar tudo e a deslindar logicamente todo ponto, morrereis em vossos pecados, pois nunca ficareis satisfeitos. A serpente de bronze FO 60 2 Eis aqui outro caso que Cristo apresentou a Nicodemos -- a serpente que foi levantada no deserto -- declarando: "Assim importa que o Filho do homem seja levantado." João 3:14. E se Ele for levantado, atrairá todos os homens a Si mesmo, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:15. Pois bem, olhai simplesmente para essa serpente de bronze. Os filhos de Israel não perceberam que Deus os estivera guardando por Seus anjos enviados para ser seu auxílio e sua proteção. O povo não havia sido destruído pelas serpentes em suas longas viagens pelo deserto. Tinha sido um povo ingrato. FO 60 3 Somos exatamente assim. Não percebemos os milhares de perigos de que nosso Pai celestial nos tem livrado. Não percebemos a grande bênção que Ele nos tem concedido dando-nos alimento e vestuário, e preservando nossa vida enviando os anjos da guarda para cuidar de nós. Cada dia devemos ser agradecidos por isso. Cumpre-nos avivar a gratidão em nosso coração e chegar-nos diariamente a Deus com uma oferta de gratidão. Todos os dias devemos reunir-nos em volta do altar da família e louvá-Lo por Seu vigilante cuidado de nós. Os filhos de Israel perderam de vista que Deus os estava protegendo dos animais peçonhentos. Quando, porém, Ele retirou Sua mão, foram afligidos pelas picadas deles. FO 60 4 Que aconteceu então? Ora, Cristo mesmo ordenou que Moisés erguesse uma haste, fizesse uma serpente de bronze e a colocasse nessa haste, levantando-a à vista dos israelitas, para que todo aquele que olhasse para ela pudesse viver. Eles não tinham que fazer uma grande obra. Deviam olhar porque Deus dissera que o fizessem. FO 61 1 Suponhamos, porém, que eles se detivessem a deduzi-lo logicamente e dissessem: "Ora essa, não pode ser que sejamos curados olhando para essa serpente de bronze! Nela não há vida!" Mas o olhar de fé curou-os precisamente como Deus lhes dissera que seria o caso. Os que olharam viveram. Os que se detiveram a argumentar e a explicá-lo, morreram. FO 61 2 Que devemos fazer? Olhar e viver. "E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado." João 3:14. Por que razão? Para que os que O contemplarem não pereçam, mas tenham a vida eterna. João 3:16. FO 61 3 Que espécie de fé é essa? É crer simplesmente, ou é uma fé de aceitação? Há muitos aqui que têm essa espécie de fé. Credes que Jesus era o Filho de Deus; tendes, porém, uma fé pessoal no tocante a vossa própria salvação? Credes que Jesus é vosso Salvador? Que Ele morreu na cruz do Calvário para vos resgatar? Que Ele vos oferece o dom da vida eterna se credes nEle? Justiça pela fé FO 61 4 E que é crer? É aceitar plenamente que Jesus Cristo morreu como nosso sacrifício; que Ele Se tornou maldição por nós, tomou nossos pecados sobre Si e imputou-nos Sua própria justiça. Por isso reivindicamos essa justiça de Cristo, cremos nela, e ela é nossa justiça. Ele é nosso Salvador. Ele nos salva porque disse que o faria. Ocupar-nos-emos em fazer todas as explanações sobre como Ele pode salvar-nos? Possuímos a virtude em nós mesmos que nos torne melhores e nos purifique das manchas e máculas do pecado, habilitando-nos então a aproximar-nos de Deus? Simplesmente não podemos fazer isso. FO 61 5 Não sabeis que quando o jovem se aproximou de Cristo e Lhe perguntou que devia fazer para alcançar a vida eterna, Cristo recomendou-lhe que guardasse os mandamentos? Disse ele: "Tudo isso tenho observado." Ora, o Senhor desejava inculcar bem essa lição. "Que me falta ainda? Sou perfeitamente íntegro." Mateus 19:20, Versão Inglesa. Não viu que havia alguma coisa com ele que o impedia de alcançar a vida eterna. "Tudo isso tenho observado", disse ele. Então Cristo toca no ponto sensível de seu coração, declarando: "Vem, segue-Me, e terás vida." FO 62 1 Que fez o jovem? Retirou-se muito pesaroso, por ser dono de muitas propriedades. FO 62 2 Pois bem, ele não havia absolutamente guardado os mandamentos. Devia ter aceito a Jesus Cristo como seu Salvador e se apoderado de Sua justiça. Então, tendo a justiça de Cristo, poderia guardar a lei de Deus. O jovem príncipe não podia pisotear essa lei. Precisava respeitá-la; precisava amá-la. Então Cristo combinaria o poder divino com os esforços humanos. FO 62 3 Cristo tomou sobre Si a humanidade, por nós. Cobriu Sua divindade, e a divindade e a humanidade foram combinadas. Ele mostrou que era possível observar aquela lei que Satanás declarou não se poder observar. Cristo assumiu a forma humana para estar aqui em nosso mundo e mostrar que Satanás havia mentido. Tomou sobre Si a natureza humana para demonstrar que, com a divindade e a humanidade combinadas, o homem podia guardar a lei de Jeová. Separai a humanidade da divindade, e podereis procurar desenvolver vossa própria justiça desde agora até que Cristo venha, e isso não passará de um fracasso. FO 62 4 Por meio de fé viva, por meio de fervorosa oração a Deus e confiando nos méritos de Jesus, somos revestidos de Sua justiça e somos salvos. "Oh! sim -- dizem alguns -- somos salvos não fazendo nada. De fato, estou salvo. Não preciso guardar a lei de Deus. Sou salvo pela justiça de Jesus Cristo." Cristo veio ao nosso mundo para reconduzir todos os homens à lealdade a Deus. Adotar a posição de que podemos transgredir a lei de Deus, pois Cristo cumpriu tudo isso, é uma posição de morte, porque seremos realmente tão transgressores como qualquer pessoa. FO 62 5 Que é então? É ouvir e ver que com a justiça de Cristo que possuís pela fé, justiça provida por Seus esforços e por Seu poder divino, podeis guardar os mandamentos de Deus. Não salvos na indolência FO 62 6 Precisamos dessa fé. Porém, será o homem salvo na indolência? Poderá ser salvo não fazendo nada? Nunca, jamais! Ele deve ser cooperador de Jesus Cristo. Não pode salvar-se a si mesmo. "Somos cooperadores de Deus." 1 Coríntios 3:9. E como é isso? Todo o Céu está labutando para elevar a raça humana da degradação do pecado. Todo o Céu está aberto aos habitantes da Terra. Os anjos de Deus são enviados para ministrar em favor dos que hão de herdar a salvação. "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo Sua boa vontade." Filipenses 2:13. FO 63 1 E é dessa fé operante que necessitais. Como ela opera? Ela opera pelo amor. Que amor? Ora, o amor que procede da cruz do Calvário. Essa cruz está estabelecida entre a Terra e o Céu, e a salvação é obtida ao olhar para ela. O Pai aceitou-a, e os anjos acercaram-se dessa cruz, e o próprio Deus inclinou-Se em aceitação do sacrifício. Ela satisfaz a reivindicação do Céu, e o homem pode ser salvo por Jesus Cristo, se tão-somente tivermos fé nEle. O homem é reconciliado com Deus, e Deus com o homem, mediante o sacrifício completo, perfeito e total. FO 63 2 Pois bem, irmãos, precisamos de fé; precisamos educar a alma na fé; precisamos que todo passo seja um passo de fé; precisamos de fé nesse sacrifício que foi efetuado por nós. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. Ora, quando vemos um raio de luz precisamos apoderar-nos dele. O diabo trabalha contra isso em todo o tempo. É a fé que opera pelo amor que é demonstrada por Jesus Cristo na cruz do Calvário. É o amor que Ele tem tido por minha alma. Cristo morreu por mim. Adquiriu-me a um preço infinito, e expiou tudo que Lhe é repulsivo. Preciso cooperar com Ele. Preciso tomar sobre mim o Seu jugo. Preciso levar o jugo de Cristo. Preciso erguer os Seus fardos. Preciso ensinar a outros como podem elevar-se do estado pecaminoso em que eu me encontrava e apossar-se, com fé viva, da justiça que há em Cristo Jesus. Essa é a única maneira pela qual o pecador pode ser salvo. Não podeis salvar-vos a vós mesmos FO 63 3 Ora, podeis apegar-vos a vossa justiça e pensar que procurastes fazer o que é correto, e que, afinal de contas, sereis salvos por fazer isso. Não podeis ver que é Cristo quem efetua tudo isso. "Tenho de arrepender-me primeiro" dizem alguns. "Tenho de ir até certo ponto, por mim mesmo, sem Cristo, e então Ele vem ao meu encontro e me aceita." FO 63 4 Não podeis ter um pensamento sem Cristo. Não podeis ter a propensão de ir a Ele se Cristo não puser em movimento certas influências e não imprimir Seu Espírito na mente humana. E se há alguém sobre a face da Terra que tenha alguma inclinação para Deus, isto se dá em virtude das muitas influências que atuam sobre sua mente e seu coração. Essas influências requerem lealdade a Deus e apreço pela grandiosa obra que Deus realizou por nós. FO 64 1 Nunca digamos, portanto, que podemos arrepender-nos por nós mesmos, e então Cristo perdoará. Não mesmo! É o favor de Deus que perdoa. É o favor de Deus que nos conduz ao arrependimento, pelo Seu poder. Portanto, é tudo de Jesus Cristo, tudo dEle, e só tendes de dar glória a Deus. Por que não sois mais sensíveis quando vos congregais em vossas reuniões? Por que não sentis a vivificante influência do Espírito de Deus quando vos é apresentado o amor de Jesus e Sua salvação? É porque não vedes que Cristo é o primeiro, o último e o melhor, bem como o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o próprio Autor e Consumador de nossa fé. Não compreendeis isto, e permaneceis, portanto, em vossos pecados. Por que isso? É porque Satanás está lutando e batalhando aqui pelas almas dos homens. Ele lança sua sombra infernal em cheio sobre o nosso caminho, e tudo que podeis ver é o inimigo e seu poder. FO 64 2 Desviai o olhar de seu poder para Aquele que é poderoso para salvar totalmente. Por que vossa fé não avança através da sombra até onde Cristo está? Ele levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ensinar-vos-á que Satanás reivindica toda pessoa que não se une com Ele como Sua propriedade. O principal do grande conflito FO 64 3 Satanás é o autor da morte. Que fez Cristo depois que Ele colocou a Satanás sob o domínio da morte? As últimas palavras de Cristo ao expirar na cruz foram: "Está consumado." João 19:30. O diabo viu que se excedera a si próprio. Ao morrer, Cristo consumou a morte de Satanás e trouxe à luz a imortalidade. FO 64 4 E que fez Cristo depois de ressurgir por ocasião da ressurreição? Ele apossou-Se de Seu poder e empunhou o Seu cetro. Abriu as sepulturas e trouxe para fora a multidão de cativos, testificando a todos em nosso mundo e no Universo que Ele tinha poder sobre a morte e que resgatou os cativos da morte. FO 64 5 Nem todos os que creram em Jesus foram trazidos à vida nessa ocasião. Foi apenas um exemplo do que se dará, para que saibamos que a morte e a sepultura não hão de reter os cativos, porque Cristo os levou para o Céu. E quando vier outra vez, com poder e grande glória, Ele abrirá as sepulturas. A prisão será aberta, e os mortos ressurgirão para uma gloriosa imortalidade. FO 65 1 Eis aí os troféus que Cristo levou para o alto junto com Ele e apresentou ao Universo celestial e aos mundos que Deus criou. Qualquer afeição que acaso eles tivessem por Lúcifer, que era o querubim cobridor, foi então destruída. Deus lhe deu a oportunidade de revelar seu caráter. Se não houvesse feito isso, poderia haver os que considerariam válida a acusação que ele lançara contra Deus, de que Ele não lhe dera uma oportunidade razoável. FO 65 2 O Príncipe da vida e o príncipe das trevas estavam em conflito. O Príncipe da vida prevaleceu, mas a um preço infinito. Seu triunfo é nossa salvação. Ele é nosso Substituto e Penhor, e o que Ele diz ao que vencer indica se o homem tem de fazer algo, ou não. Como? "Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:21. A parte do vencedor FO 65 3 Nosso Salvador não teve de vencer algo? Ele não manteve a batalha com o príncipe das trevas até ser um vencedor em todos os pontos? Então Ele deixou a obra diretamente nas mãos de Seus seguidores. Temos algo a fazer. Não nos cabe a parte dos vencedores, de elaborar e ganhar a vitória? Não temos de prosseguir passo a passo em conhecer ao Senhor até que saibamos que Suas saídas são preparadas como a alva? Sua luz irromperá até que cheguemos à luz mais intensa. Vós o compreendereis, e prosseguireis e captareis mais intensa luz dos oráculos de Deus quando o suplicardes ao Deus do Céu. FO 65 4 Jacó foi enredado. Ele esbulhou seu irmão do seu direito de primogenitura. Quando lutou com Cristo, seus pecados se apresentaram diante dele. E o Anjo lutou com ele e disse: "Deixa-me ir", e Jacó respondeu: "Não te deixarei ir, se me não abençoares." Gênesis 32:26. FO 65 5 Fareis isso? Lutareis com Deus nesta reunião até que saibais que Ele Se revela a vós? Há pecados que afligem vossa alma; vossos pecados vos angustiam. Direis: "Agora, Senhor, o perdão tem de ser consignado ao lado de meu nome", e lutareis e pleiteareis com Deus, apegando-vos à justiça de Cristo, dizendo: "Ele tem de salvar; creio nEle; aceito o que Ele afirma"? Pois bem, irmãos, que faremos? FO 66 1 Jacó alcançou a vitória, e seu nome foi mudado aquele dia. Isso sucedeu quando ele prevaleceu com Deus. Sou tão agradecida porque Deus providenciou um meio pelo qual podemos ter salvação completa e abundante! Não precisamos olhar para as sombras que Satanás lança em nosso caminho. Ele quer obliterar-nos o Céu e a Jesus, bem como a luz e o poder do Céu, e continuamos a falar do poder de Satanás. Mas não precisamos falar sobre isso. Isaías apresenta-o desta maneira: "Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Isaías 9:6. Não significa isto que eu e meu Pai somos um? FO 66 2 Deus nos ajude, irmãos, a despertar e a dar-nos pressa em fazer agora tanto quanto foi feito pelo paralítico; a fazer tanto quanto foi efetuado pelo homem decrépito e pelo homem com o braço paralisado. Eles fizeram exatamente o que lhes foi ordenado. Deus nos ajude a crer no Filho de Deus e que Ele pode salvar-nos totalmente, e teremos a vida eterna. FO 66 3 Muitos de vós procedeis, porém, como se não houvesse suficiente animação em vossa alma para atender à verdade. Alguns de vós procedeis como se pensásseis que Jesus Se acha encerrado no sepulcro novo de José. Ele não está ali: ressurgiu dentre os mortos, e temos hoje um Salvador vivo que está fazendo intercessão por nós. FO 66 4 Falai então de Seu amor, falai de Seu poder, louvai-O. Se tendes uma voz para dizer algo, falai de Deus, falai do Céu, falai da vida eterna. Sei de pessoas que em seus lares falavam tão alto que seus vizinhos podiam ouvi-los, mas se levantavam nas reuniões e murmuravam algumas palavras que não podiam ser ouvidas. Precisais mostrar que tendes aprendido na escola de Cristo e que estais progredindo. "Com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." Romanos 10:10. Quantos crêem nas verdades que ouvistes hoje? Quereis que decorram alguns meses antes que reconheçais que nelas há luz? Quereis deter-vos para deduzir tudo isso logicamente? Morrereis antes desse tempo. Crer na Declaração de Deus FO 67 1 Crede-o porque é a verdade, porque Deus o declara, e apegai-vos ao sangue meritório de um Salvador crucificado e ressurreto. Ele é vossa única esperança, Ele é vossa justiça, vosso Substituto e Penhor, vosso tudo em tudo. Quando compreendeis isso, só Lhe podeis trazer uma oferta de louvor. Se, porém, não estais dispostos a ir a Cristo e reconhecer que Ele faz tudo isso, se achais que tendes primeiro de dar alguns passos e ir até certo ponto para que Deus venha ao vosso encontro, isso é exatamente como a oferta de Caim. Ele não conhecia a Jesus, e não sabia que o sangue de Jesus podia purificar seus pecados e tornar sua oferta aceitável a Deus. Há mais de um Caim, com ofertas maculadas e sacrifícios poluídos, e sem o sangue de Jesus. Deveis chegar-vos a Jesus Cristo em todo passo. Com o sangue de Jesus e Seu poder purificador, fazei vossas petições a Deus e orai a Ele com fervor, estudando a Bíblia como nunca antes. FO 67 2 A pergunta é: "Que é a verdade?" Não é quantos anos eu o tenho crido que o torna verdade. Deveis levar vosso credo à Bíblia e deixar que a luz da Bíblia defina vosso credo e revele suas deficiências e onde está a dificuldade. A Bíblia deve ser vossa norma, os vivos oráculos de Jeová devem ser vosso guia. Deveis cavar a verdade como a tesouros escondidos. Deveis descobrir onde está o tesouro, e então arar toda polegada desse terreno a fim de obter as pedras preciosas. Deveis explorar as minas da verdade em busca de novas gemas, de novos diamantes, e haveis de encontrá-los. FO 67 3 Sabeis como é com o poder papal. As pessoas não têm o direito de interpretar as Escrituras por si mesmas. Precisam de que alguma outra pessoa interprete as Escrituras para elas. Não tendes uma mente? Não tendes a faculdade do raciocínio? Deus não concedeu discernimento ao povo comum, assim como aos sacerdotes e maiorais? Quando Cristo, o Senhor da vida e glória, veio ao nosso mundo, se eles O tivessem conhecido, jamais O teriam crucificado. Deus recomendou que examinassem as Escrituras: "Porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim." João 5:39. FO 68 1 Deus nos ajude a ser estudantes da Bíblia. Até que possais ver a razão para isso por vós mesmos e um "assim diz o Senhor" nas Escrituras, não espereis que homem algum interprete a Bíblia para vós. E quando podeis ver isto, vós o conheceis por vós mesmos, e sabeis que é a verdade de Deus. Direis: "Eu o li eu o vi e meu próprio coração se apega a isso, e é a verdade que Deus proferiu para mim de Sua Palavra." Pois bem, é isso o que devemos ser -- cristãos individuais. Precisamos ter uma experiência individual e pessoal. Precisamos converter-nos, como era o caso dos judeus. Se vedes uma pequena luz, não deveis recuar e dizer: "Esperarei até que meus irmãos a tenham visto." Se o fizerdes, continuareis nas trevas. FO 68 2 Deus nos ajude a ter conhecimento da verdade, e se tendes visto a verdade de Deus, dirigi-vos diretamente para a luz e deixai os obstáculos para trás de vós. Não façais da carne o vosso amparo; mas tende uma viva experiência por vós mesmos, e então vosso semblante brilhará com a glória de Deus. Tendes andado com Ele, e Ele vos tem sustido. Tendes lutado e pleiteado com Ele, e Ele tem permitido que Sua luz incida sobre vós. Falar de fé, viver e agir pela fé FO 68 3 Ora, irmãos, vós vos tendes educado tanto em dúvidas e suspeitas que tendes de educar vossa alma no âmbito da fé. Tendes de falar de fé, tendes de viver pela fé, tendes de agir pela fé, para que tenhais um aumento de fé. Exercendo essa fé viva, tornar-vos-eis vigorosos homens e mulheres em Cristo Jesus. Permita Deus que esta reunião que estamos realizando seja uma reunião na qual nasça para vós o Sol da Justiça e brilhe em vosso coração com seus raios mais claros, fazendo de todos vós luzeiros no mundo. FO 68 4 Podeis ser precisamente o que Cristo disse que Seus discípulos devem ser -- "a luz do mundo". Mateus 5:14. Deveis difundir essa luz, esperança e fé aos outros. Não deveis ir gemendo pelo vosso caminho em Seu serviço, como se Ele fosse um feitor severo, pondo fardos sobre vós que não podeis levar. Este não é o caso. Ele quer que sejais cheios de alegria, cheios da bênção de Deus, para compreender a largura e o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Deus, que excede o entendimento. Quando é mencionado o Seu nome Ele quer que ele fira a nota tônica, e haverá uma resposta em vosso coração. Então podereis render ações de graça, e glória, e honra e louvor Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro. FO 69 1 Deveis aprender a entoar esse cântico aqui; e quando fordes transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, sabereis exatamente como executar o cântico de triunfo com os anjos celestiais e com os santos redimidos. Faremos com que as abóbadas celestes vibrem de louvor e glória. Pois bem, deixai que as abóbadas vibrem aqui. Permiti que este lugar suscite louvor em vosso coração. Enquanto estais sobre este terreno olhai para as majestosas árvores, para a relva verdejante e aveludada, e permiti que seja avivado o louvor em vosso coração. Louvai a Deus por termos o privilégio de estar neste mundo, tão belo como ele é. Estamos indo para um lugar melhor. A Terra será purificada, dissolvida e formada sem pecado. FO 69 2 Não temos tudo para que nosso pensamento esteja nas coisas celestiais? Não temos tudo para erguer-nos diretamente deste mundanismo e sensualidade, desta conversa frívola e destituída de senso, destes gracejos e zombarias, destes relatos falsos, mexerico e ruins suspeitas? Eliminai tudo isso! É uma desonra para a igreja! Debilita e enfraquece a igreja. FO 69 3 Nossa conversação deve ser santa. Como Deus é santo em Sua esfera, sejamos santos em nossa esfera. Exultemos no precioso Salvador, o qual morreu para resgatar-nos, e reflitamos a glória de volta a Deus. Unamo-nos com o céu em nossos louvores aqui e com os cânticos dos anjos celestiais na cidade de nosso Deus. ------------------------Capítulo 10 -- Relato de E. G. White acerca da reação ao sermão de Ottawa FO 71 0 Relato da reunião geral em Ottawa, Kansas, publicado na The Review and Herald, 23 de Julho de 1889 e em Mensagens Escolhidas 1:355-358. FO 71 1 Na reunião de Kansas foi minha oração no sentido de que fosse quebrantado o poder do inimigo, e de que o povo, que estivera em trevas, abrisse coração e mente à mensagem que Deus lhe enviasse, a fim de que vissem a verdade, nova para muitos espíritos, como verdade antiga em novos moldes. O entendimento do povo de Deus tem sido entenebrecido, pois Satanás tem representado erradamente o caráter de Deus. Nosso bom e gracioso Senhor tem sido apresentado perante o povo revestido dos atributos de Satanás, e homens e mulheres que têm estado à procura da verdade, por tanto tempo têm olhado a Deus através de um falso prisma, que é difícil espancar de seus olhos a nuvem que obscurece a Sua glória. Muitos têm vivido numa atmosfera de dúvida, e parece quase impossível lançarem mão da esperança que no evangelho de Cristo lhes é apresentada. ... FO 71 2 No sábado [11 de maio] foram apresentadas verdades que eram novas para a maioria da congregação. Coisas novas e velhas foram tiradas da casa do tesouro da Palavra de Deus. Foram reveladas verdades que o povo quase não conseguia compreender e alcançar. Brilhou sobre a Palavra de Deus, em relação à lei e ao evangelho, e em relação a ser Cristo nossa justiça, uma luz que às almas famintas da verdade se figurava preciosa demais para ser recebida. FO 71 3 Mas as reuniões do sábado não foram em vão. No domingo de manhã houve positiva evidência de que o Espírito de Deus estava operando grandes mudanças no estado moral e espiritual dos que ali estavam reunidos. Manifestou-se uma entrega de espírito e coração a Deus, e preciosos testemunhos foram dados pelos que por muito tempo tinham estado em trevas. Um irmão falou da luta que experimentara antes de poder receber as boas-novas de que Cristo é nossa justiça. A luta foi árdua, mas o Senhor operava com ele, e teve o espírito mudado, e renovadas as forças. O Senhor apresentou perante ele a verdade com clareza, revelando o fato de que Cristo, unicamente, é a fonte de toda esperança e salvação. "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens." "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:14. FO 72 1 Um de nossos jovens irmãos participantes disse que fruíra mais da bênção e do amor de Deus durante aquela reunião do que em toda sua vida anterior. Outro afirmou que as provas, perplexidades e conflitos mentais que sofrera foram de natureza tal que se vira tentado a desistir de tudo. Julgara não haver mais esperança para ele, a menos que obtivesse mais da graça de Cristo; mas, por influência das reuniões, experimentara uma mudança de coração, e obtivera melhor conhecimento da salvação pela fé em Cristo. Viu que era privilégio seu ser justificado pela fé; tinha paz com Deus, e com lágrimas confessou que alívio e bênção lhe viera à alma. Em cada reunião, muitos testemunhos eram dados falando de paz, conforto e alegria que se haviam encontrado ao receber a luz. FO 72 2 Agradecemos ao Senhor, de todo o coração, termos preciosa luz para apresentar ao povo, e regozijamo-nos por ter, para este tempo, uma mensagem que é verdade presente. As novas de que Cristo é nossa justiça têm trazido alívio para muitas, muitas pessoas, e Deus diz ao Seu povo: "Avante!" A mensagem à igreja de Laodicéia é aplicável à nossa condição. Quão claramente é pintada a situação dos que julgam ter toda a verdade, que se orgulham no conhecimento da Palavra de Deus, ao passo que seu poder santificador não foi sentido em sua vida! Falta em seu coração o fervor do amor de Deus, mas é este mesmo fervor de amor que torna o povo de Deus a luz do mundo. A mensagem laodiceana FO 72 3 Diz a Testemunha Verdadeira, de uma igreja fria, sem vida e sem Cristo: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca." Apocalipse 3:15, 16. Notai as palavras seguintes: "Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu." Apocalipse 3:17. Aqui está representado um povo que se orgulha na posse de conhecimento e vantagens espirituais. Não corresponderam, porém, às imerecidas bênçãos que Deus lhes tem concedido. Têm estado possuídos de rebelião, ingratidão e esquecimento de Deus, e todavia Ele os tem tratado como um pai amoroso e perdoador trata um filho ingrato e corrompido. Resistiram à Sua graça, abusaram de Seus privilégios, desprezaram Suas oportunidades, e têm-se satisfeito com descansar contentes, em lamentável ingratidão, vazio formalismo e hipócrita insinceridade. Com farisaico orgulho têm-se gloriado até que deles foi dito: "Dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma." Apocalipse 3:17. FO 73 1 Porventura não enviou o Senhor Jesus mensagem após mensagem de repreensão, de advertência, de súplica a esses satisfeitos consigo mesmos? Não têm sido desprezados e rejeitados os Seus conselhos? Não têm sido os mensageiros por Ele enviados tratados com desprezo, e suas palavras recebidas como fábulas ociosas? Cristo vê aquilo que o homem não vê. Ele vê os pecados que, se não houver arrependimento, esgotarão a paciência de um Deus longânimo. Cristo não pode defender os nomes dos que estão satisfeitos em sua presunção. Não pode intervir em favor de um povo que não sente necessidade de Seu auxílio, que alega saber e possuir tudo. FO 73 2 O grande Redentor representa-Se como um mercador celeste, carregado de riquezas, indo de casa em casa, apresentando Seus inapreciáveis bens, e dizendo: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:18-20. FO 73 3 Consideremos a nossa condição perante Deus; levemos a sério o conselho da Testemunha Verdadeira. Que ninguém de nós se possua de preconceito, como fizeram os judeus, de modo que a luz não penetre em nosso coração. Que não seja necessário Cristo dizer de nós o que disse deles: "E não quereis vir a Mim para terdes vida." João 5:40. FO 74 1 Em todas as reuniões, desde a Assembléia Geral, pessoas têm ansiosamente aceito a preciosa mensagem da justiça de Cristo. Damos graças a Deus por existirem pessoas que reconhecem estar em necessidade de algo que não possuem: o ouro da fé e amor, as vestes brancas da justiça de Cristo, o colírio do discernimento espiritual. Se possuirdes estes dons preciosos, o templo da alma humana não será qual uma capela profanada. Irmãos e irmãs, convido-vos, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, a trabalhar onde Deus trabalha. Agora é o dia de graciosa oportunidade e privilégio. Mensagens Escolhidas 1:355-358. ------------------------Capítulo 11 -- Obediência e santificação FO 75 0 Artigo em The Signs of the Times, 19 de Maio de 1890. FO 75 1 "E andai em amor, como também Cristo vos amou e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." Efésios 5:2. Em toda a plenitude de Sua divindade, em toda a glória de Sua imaculada humanidade, Cristo Se entregou a Si mesmo por nós, como sacrifício completo e amplo, e todo aquele que vai ter com Ele deve aceitá-Lo como se fosse o único indivíduo pelo qual foi pago o preço. Assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo; pois os obedientes serão ressuscitados para a imortalidade, e os transgressores ressurgirão dentre os mortos para sofrer a morte, a penalidade da lei que eles violaram. FO 75 2 Obediência à lei de Deus é santificação. Há muitos que têm idéias erradas a respeito dessa obra na vida, mas Jesus orou que Seus discípulos fossem santificados pela verdade, e acrescentou: "A Tua Palavra é a verdade." João 17:17. A santificação não é uma obra instantânea, mas progressiva, assim como a obediência é contínua. Enquanto Satanás nos importunar com suas tentações, a batalha pela vitória sobre o próprio eu terá de ser travada reiteradas vezes; mas pela obediência, a verdade santificará a alma. Os que são leais à verdade irão, pelos méritos de Cristo, vencer toda debilidade de caráter que tem feito com que sejam moldados por toda e multiforme circunstância da vida. Engano e cilada de Satanás FO 75 3 Muitos têm adotado o conceito de que não podem pecar porque estão santificados, mas isto é uma enganosa cilada do maligno. Há constante perigo de cair em pecado, pois Cristo nos admoestou a vigiar e orar para que não entremos em tentação. Se estivermos cientes da debilidade do próprio eu, não seremos presunçosos nem indiferentes ao perigo, mas sentiremos a necessidade de recorrer à Fonte de nossa força: Jesus, Justiça nossa. Iremos em arrependimento e contrição, com pungente senso de nossa própria fraqueza finita, e aprenderemos que precisamos apropriar-nos diariamente dos méritos do sangue de Cristo, a fim de que nos tornemos vasos preparados para uso do Mestre. FO 76 1 Confiando assim em Deus, não seremos achados a pelejar contra a verdade, mas sempre seremos habilitados a colocar-nos ao lado do que é direito. Devemos apegar-nos ao ensino da Bíblia e não seguir os costumes e tradições do mundo, as palavras e os atos de homens. FO 76 2 Quando surgem erros e são ensinados como verdade bíblica, os que têm ligação com Cristo não confiarão no que diz o pastor, mas, à semelhança dos nobres bereanos, examinarão as Escrituras todos os dias para ver se essas coisas são de fato assim. Quando eles descobrem qual é a recomendação do Senhor, colocam-se ao lado da verdade. Ouvem a voz do verdadeiro Pastor dizendo: "Este é o caminho; andai nele." Isaías 30:21. Assim sereis ensinados a fazer da Bíblia o vosso conselheiro, e não ouvireis nem seguireis a voz do estranho. Duas lições FO 76 3 Para que a pessoa seja purificada e enobrecida, e habilitada para as cortes celestiais, há duas lições a serem aprendidas -- abnegação e domínio-próprio. Alguns aprendem essas importantes lições com mais facilidade do que outros, porque são adestrados pela simples disciplina que o Senhor lhes aplica com brandura e amor. Outros requerem a morosa disciplina do sofrimento, para que o fogo purificador possa livrar-lhes o coração do orgulho e da confiança em si mesmo, da paixão terrena e do egoísmo, a fim de que apareça o verdadeiro ouro do caráter e eles se tornem vitoriosos pela graça de Cristo. FO 76 4 O amor de Deus fortalecerá a alma, e em virtude dos méritos do sangue de Cristo podemos permanecer ilesos no meio do fogo da tentação e prova. Mas nenhuma outra ajuda poderá ser útil para salvar, senão Cristo, Justiça nossa, o qual se nos tornou sabedoria, santificação e redenção. FO 77 1 Verdadeira santificação não é nada mais nem menos do que amar a Deus de todo o coração e andar irrepreensivelmente em Seus mandamentos e preceitos. Santificação não é uma emoção, mas um princípio de origem celestial que coloca todas as paixões e desejos sob o domínio do Espírito de Deus; e essa obra é efetuada por meio de nosso Senhor e Salvador. FO 77 2 A falsa santificação não glorifica a Deus, mas leva os que dizem possuí-la a exaltar e glorificar a si mesmos. Tudo que surge em nossa experiência, quer de alegria ou de tristeza, que não reflete a Cristo nem aponta para Ele como seu autor, dando-Lhe glória e deixando o próprio eu fora de vista, não constitui verdadeira experiência cristã. FO 77 3 Quando a graça de Cristo é implantada na alma pelo Espírito Santo, seu possuidor tornar-se-á humilde de espírito e buscará a companhia daqueles cuja conversação é sobre as coisas celestiais. Então o Espírito tomará as coisas de Cristo e no-las revelará, e glorificará, não o recebedor, e, sim, o Doador. Se, portanto, tiverdes no coração a sagrada paz de Cristo, vossos lábios estarão cheios de louvor e ações de graça a Deus. Vossas orações, o desempenho de vosso dever, vossa benevolência, vossa abnegação, não serão o assunto de vosso pensamento ou conversação, mas engrandecereis Aquele que Se entregou a Si mesmo por vós quando ainda éreis pecadores. Direis: "Eu me entrego a Jesus. Achei Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas." Enaltecendo-O, tereis uma preciosa bênção, e todo o louvor e glória pelo que é efetuado por vosso intermédio será restituído a Deus. Não turbulento nem indomável FO 77 4 A paz de Cristo não é um elemento turbulento nem indomável manifestado em altas vozes e exercícios corporais. A paz de Cristo é uma paz inteligente, e não faz com que os que a possuem se caracterizem pelo fanatismo e extravagância. Não é um impulso casual, mas procede de Deus. FO 77 5 Quando o Salvador comunica Sua paz à alma, o coração estará em perfeita harmonia com a Palavra de Deus, pois o Espírito e a Palavra estão de acordo. O Senhor honra Sua palavra em todas as Suas relações com os homens. Ela é Sua própria vontade, Sua própria voz, que é revelada aos homens, e Ele não tem outra vontade, nem outra verdade, à parte de Sua Palavra, para revelar a Seus filhos. Se tendes uma maravilhosa experiência que não está em harmonia com as explícitas instruções da Palavra de Deus, bem podeis pô-la em dúvida, pois sua origem não é do alto. A paz de Cristo advém do conhecimento de Jesus a quem a Bíblia revela. FO 78 1 Se a felicidade é extraída de fontes exteriores, e não da Fonte Divina, será tão variável como as multiformes circunstâncias podem torná-la; mas a paz de Cristo é uma paz constante e duradoura. Ela não depende de qualquer circunstância na vida, da quantidade de bens materiais, nem do número de amigos terrenos. Cristo é a fonte de águas vivas, e a paz e a felicidade extraídas dEle nunca se esgotarão, pois Ele é a origem da vida. Os que confiam nEle podem dizer: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. ... Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo." Salmos 46:1-4. FO 78 2 Temos motivo para incessante gratidão a Deus porque Cristo, por Sua perfeita obediência, reconquistou o paraíso que Adão perdeu pela desobediência. Adão pecou, e os filhos de Adão partilham de sua culpa e suas conseqüências; mas Jesus assumiu a culpa de Adão, e todos os filhos de Adão que correrem para Cristo, o segundo Adão, podem livrar-se da penalidade da transgressão. Jesus recuperou o Céu para o homem suportando a prova a que Adão deixou de resistir; pois Ele obedeceu perfeitamente à lei, e todos os que têm correta compreensão do plano da redenção verão que não podem estar salvos enquanto continuam na transgressão dos santos preceitos de Deus. Precisam cessar de transgredir a lei e apegar-se às promessas de Deus que se acham à nossa disposição por meio dos méritos de Cristo. Não confiar em pessoas FO 78 3 Nossa fé não deve apoiar-se na habilidade dos homens, e, sim, no poder de Deus. Há perigo em confiar em homens, mesmo que tenham sido usados como instrumentos de Deus para realizar grande e boa obra. Cristo deve ser nossa força e nosso refúgio. Os melhores homens podem cair de sua firmeza, e o melhor da religião, quando corrompido, é o que há de mais perigoso em sua influência sobre as mentes. A religião pura e viva se encontra na obediência a toda palavra que procede da boca de Deus. A justiça exalta as nações, e sua ausência degrada e arruína o homem. "Crede, tão-somente crede!" FO 79 1 Dos púlpitos modernos são proferidas as palavras: "Crede, tão-somente crede! Tende fé em Cristo; nada tendes que ver com a velha lei; tão-somente confiai em Cristo." Quão diferente é isso das palavras do apóstolo, o qual declara que a fé sem as obras é morta! Diz ele: "Sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos." Tiago 1:22. Precisamos ter aquela fé que opera pelo amor e purifica a alma. Muitos procuram substituir a retidão de vida por uma fé superficial, pensando obter deste modo a salvação. FO 79 2 O Senhor requer neste tempo o mesmo que Ele requereu de Adão no Éden -- perfeita obediência à lei de Deus. Precisamos ter justiça sem um defeito, sem uma mancha. Deus deu o Seu Filho para morrer pelo mundo, mas Ele não morreu para revogar a lei que era santa e justa e boa. O sacrifício de Cristo no Calvário é um argumento irrefutável que mostra a imutabilidade da lei. Sua penalidade foi sentida pelo Filho de Deus em favor do homem culpado, para que por Seus méritos o pecador pudesse obter a virtude de Seu caráter imaculado pela fé em Seu nome. FO 79 3 Proporcionou-se ao pecador uma segunda oportunidade para guardar a lei de Deus na força de seu divino Redentor. A cruz do Calvário condena para sempre a idéia que Satanás colocou diante do mundo cristão, a saber: que a morte de Cristo aboliu não somente o sistema típico de sacrifícios e cerimônias, mas também a imutável lei de Deus, o fundamento de Seu trono, a transcrição de Seu caráter. FO 79 4 Por meio de todo artifício possível, Satanás tem procurado invalidar o sacrifício do Filho de Deus, tornar inútil Sua expiação e Sua missão um fracasso. Ele tem afirmado que a morte de Cristo tornou desnecessária a obediência à lei e possibilitou que o pecador caísse nas boas graças de um Deus santo sem abandonar o seu pecado. Ele tem declarado que a norma do Antigo Testamento foi rebaixada no evangelho e que os homens podem ir a Cristo, não para serem salvos de seus pecados, mas em seus pecados. FO 80 1 Quando, porém, João contemplou a Jesus, disse qual era Sua missão, declarando: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. A toda alma penitente, a mensagem é: "Vinde, então, e argüi-Me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Isaías 1:18. ------------------------Capítulo 12 -- Apossando-se da justiça de Cristo FO 81 0 Artigo geral: A Debilidade Espiritual é Inescusável, na The Review and Herald, 1 de Julho de 1890. Parte em Mensagens Escolhidas 1:363, 364. FO 81 1 Os que confiam inteiramente na justiça de Cristo, olhando para Ele com viva fé, conhecem o Espírito de Cristo e são conhecidos por Cristo. Fé simples habilita o crente a realmente considerar-se morto para o pecado, mas vivo para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Somos salvos pela graça, mediante a fé; e isto não vem de nós, é dom de Deus. Caso procurássemos desdobrar essas preciosas promessas aos sábios do mundo, eles zombariam de nós; pois "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente". 1 Coríntios 2:14. FO 81 2 Quando Jesus estava prestes a ascender ao alto, disse a Seus discípulos: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece; mas vós O conheceis, porque habita convosco e estará em vós." João 14:16, 17. Disse também: "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, este é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei e Me manifestarei a ele." João 14:21. FO 81 3 Há muitos que encontram satisfação em identificar-se com falsas doutrinas, para que não haja perturbação ou diferença entre eles e o mundo; mas os filhos de Deus devem dar testemunho da verdade, não somente pela pena e pela voz, mas também pelo espírito e caráter. Nosso Salvador declara que o mundo não pode receber o Espírito da verdade. Eles não conseguem discernir a verdade, pois não discernem a Cristo, o Autor da verdade. Discípulos mornos, adeptos de coração frio que não se acham imbuídos do Espírito de Cristo, não são capazes de discernir a preciosidade de Sua justiça; mas procuram estabelecer sua própria justiça. FO 82 1 O mundo busca as coisas do mundo -- negócios, honra mundana, ostentação, satisfação egoísta. Cristo procura romper esse fascínio que mantém os homens afastados dEle. Procura chamar a atenção dos homens para o mundo por vir, que Satanás tem conseguido ofuscar com sua própria sombra. Cristo coloca o mundo eterno dentro do alcance da visão das pessoas, apresenta-lhes suas atrações, declara-lhes que preparará mansões para eles e que virá outra vez e os receberá para Si mesmo. O desígnio de Satanás é encher a mente de tal maneira com descomedido amor de coisas sensuais que o amor de Deus e o anseio pelo Céu sejam expelidos do coração... Chamados para ser mordomos fiéis FO 82 2 Deus solicita que aqueles a quem Ele confiou os Seus bens se portem como mordomos fiéis. O Senhor quer que todas as coisas de interesse temporal ocupem um lugar secundário no coração e nos pensamentos; mas Satanás quer que as coisas da Terra ocupem o primeiro lugar em nossa vida. O Senhor quer que aprovemos aquilo que é excelente. Ele nos mostra o conflito em que precisamos empenhar-nos, e revela o caráter e o plano da redenção. Expõe diante de vós os perigos que tereis de enfrentar, a abnegação que será requerida, e recomenda que avalieis o preço, assegurando-vos que se vos empenhardes zelosamente no conflito, o poder divino unir-se-á ao esforço humano. FO 82 3 A batalha cristã não é uma luta travada contra a carne e o sangue, mas contra principados, contra potestades, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. O cristão tem de contender com poderes sobrenaturais, mas não deve ser deixado a empenhar-se sozinho no conflito. O Salvador é o capitão de sua salvação e com Ele o homem pode ser mais do que vencedor. FO 82 4 O Redentor do mundo não queria que o homem ficasse em ignorância dos ardis de Satanás. A grande confederação do mal é alistada contra os que querem vencer; mas Cristo deseja que olhemos para as coisas que não se vêem, para os exércitos do Céu que se acampam ao redor dos que amam a Deus, a fim de livrá-los. Os anjos do Céu estão interessados em favor do homem. O poder da Onipotência está à disposição dos que confiam em Deus. O Pai aceita a justiça de Cristo em favor de Seus seguidores, e eles são circundados de luz e santidade que Satanás não pode atravessar. A voz do Capitão de nossa salvação fala a Seus seguidores, dizendo: "'Tende bom ânimo; Eu venci o mundo.' Sou vossa defesa; prossegui para a vitória." A cruz do calvário FO 83 1 Por meio de Cristo provê-se ao homem tanto a restauração como a reconciliação. O abismo produzido pelo pecado foi transposto pela cruz do Calvário. Foi pago por Jesus um resgate pleno e completo, em virtude do qual o pecador é perdoado e mantida a justiça da lei. Todos os que crêem que Cristo é o sacrifício expiador podem chegar a Ele e receber o perdão dos pecados; pois pelos méritos de Cristo, franqueou-se a comunicação entre Deus e o homem. Deus pode aceitar-me como filho Seu, e eu posso reclamá-Lo como meu Pai amoroso e nEle me regozijar. FO 83 2 Temos de polarizar nossas esperanças quanto ao Céu tão-somente em Cristo, porque Ele é nosso Substituto e Penhor. Nós transgredimos a lei de Deus, e pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Os melhores esforços que o homem, em suas próprias forças, pode fazer, não têm valor para satisfazer a santa e justa lei que ele transgrediu; mas pela fé em Cristo pode ele alegar a justiça do Filho de Deus como toda-suficiente. Cristo, em Sua natureza humana, satisfez as exigências da lei. Suportou a maldição da lei pelo pecador, por ele fez expiação, para que todo aquele que nEle cresse não perecesse mas tivesse vida eterna. A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade. FO 83 3 Quem procura alcançar o Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. Não pode o homem salvar-se sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o efetuar, segundo Sua boa vontade. Se o homem pudesse salvar-se por suas obras, teria ele algo em si mesmo, pelo qual se alegrar. O esforço que o homem faz em suas próprias forças para obter a salvação, é representado pela oferta de Caim. Tudo que o homem pode fazer sem Cristo é poluído pelo egoísmo e pecado; mas aquilo que é operado pela fé é aceitável a Deus. Quando procuramos alcançar o Céu pelos méritos de Cristo, a alma faz progresso. Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé, podemos prosseguir de força em força, de vitória em vitória; pois por meio de Cristo a graça de Deus operou nossa salvação completa. Mensagens Escolhidas 1:363-364. ------------------------Capítulo 13 -- Fé e obras -- de mãos dadas FO 85 0 Artigo em The Signs of the Times, 21 de Julho de 1890, intitulado: Que Farei Para Herdar a Vida Eterna? FO 85 1 Jesus morreu para salvar o Seu povo dos pecados deles, e redenção em Cristo significa cessar a transgressão da lei de Deus e estar livre de todo pecado; nenhum coração que é incitado pela inimizade contra a lei de Deus está em harmonia com Cristo, o qual sofreu no Calvário para vindicar e exaltar a lei diante do Universo. FO 85 2 Os que fazem ousadas pretensões de santidade demonstram com isso que eles não vêem a si mesmos à luz da lei; não são iluminados espiritualmente e não sentem aversão a toda espécie de egoísmo e orgulho. De seus lábios manchados pelo pecado saem as expressões contraditórias: "Sou santo, sou sem pecado. Jesus me ensina que se eu guardar a lei, cairei da graça. A lei é um jugo de servidão." Diz o Senhor: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Devemos estudar diligentemente a Palavra de Deus para que cheguemos a decisões corretas e procedamos de acordo com elas; pois então obedeceremos à Palavra e estaremos em harmonia com a santa lei de Deus. Não somos salvos pela lei, nem na desobediência FO 85 3 Conquanto tenhamos de estar em harmonia com a lei de Deus, não somos salvos pelas obras da lei; contudo, não podemos ser salvos sem obediência. A lei é a norma pela qual é avaliada o caráter. Mas não podemos absolutamente guardar os mandamentos de Deus sem a graça regeneradora de Cristo. Só Jesus pode purificar-nos de todo pecado. Ele não nos salva pela lei, nem nos salvará na desobediência à lei. FO 86 1 Nosso amor a Cristo será proporcional à profundeza de nossa convicção do pecado, e pela lei vem o conhecimento do pecado. No entanto, ao vermos a nós mesmos, desviemos o olhar para Jesus, que a Si mesmo Se deu por nós para que pudesse remir-nos de toda iniqüidade. Pela fé apoderai-vos dos méritos de Cristo, e será aplicado o sangue que purifica a alma. Quão mais claramente discernirmos os males e os perigos a que temos estado expostos, tanto mais gratos seremos pela libertação por meio de Cristo. O evangelho de Cristo não dá licença aos homens para transgredirem a lei, pois foi pela transgressão que se abriram sobre o nosso mundo as comportas da aflição. FO 86 2 Hoje o pecado é a mesma coisa maligna que era no tempo de Adão. O evangelho não promete o favor de Deus para alguém que, com impenitência, viola Sua lei. A depravação do coração humano, a culpa da transgressão, a ruína do pecado, são todas manifestadas pela cruz em que Cristo proveu um meio de escape para nós. Uma doutrina cheia de engano FO 86 3 Justiça-própria é o perigo desta época; ela separa a alma de Cristo. Os que confiam em sua própria justiça não podem compreender como a salvação advém por meio de Cristo. Chamam o pecado de justiça, e a justiça de pecado. Não têm noção do mal da transgressão, nem compreensão do terror da lei; pois não respeitam o padrão moral de Deus. A razão de haver tantas conversões não genuínas nestes dias é que há tão pouco apreço da lei de Deus. Em lugar do padrão de justiça de Deus, os homens criaram um padrão de sua própria escolha para avaliar o caráter. Eles vêem como em espelho, obscuramente, e apresentam falsas idéias de santificação ao povo, incentivando assim o egoísmo, o orgulho e a justiça-própria. A doutrina da santificação defendida por muitos está cheia de engano, pois é lisonjeira ao coração natural; mas a coisa mais afável que pode ser pregada ao pecador é a verdade dos reclamos obrigatórios da lei de Deus. A fé e as obras precisam andar de mãos dadas; pois a fé sem as obras, por si só está morta. A prova da doutrina FO 87 1 O profeta declara uma verdade pela qual podemos provar toda doutrina. Diz ele: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:20. Embora haja abundante erro no mundo, não há razão para que os homens permaneçam no engano. A verdade é clara, e quando ela é contrastada com o erro, seu caráter pode ser discernido. Todos os súditos da graça de Deus podem compreender o que é requerido deles. Pela fé podemos submeter nossa vida à norma da justiça, porque podemos apropriar-nos da justiça de Cristo. FO 87 2 Na Palavra de Deus o sincero pesquisador da verdade encontrará a regra da genuína santificação. Diz o apóstolo: "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. ... Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós." Romanos 8:1, 3-9. ------------------------Capítulo 14 -- A experiência da justiça pela fé FO 89 0 Parte do artigo na The Review and Herald, 4 de Novembro de 1890, intitulado: Cristo, o Caminho da Vida. Publicado em Mensagens Escolhidas 1:365-358. FO 89 1 "Veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho." Marcos 1:14, 15. FO 89 2 O arrependimento associa-se à fé, e o evangelho insta em que é necessário para a salvação. Paulo pregou o arrependimento. Diz ele: "Nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos 20:20-21. Sem arrependimento não há salvação. Nenhum pecador impenitente pode crer com o coração para a justiça. Romanos 10:10. O arrependimento é por Paulo descrito como uma piedosa tristeza pelo pecado, a qual "opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende". 2 Coríntios 7:10. Este arrependimento não tem em si coisa alguma da natureza do mérito, mas prepara o coração para a aceitação de Cristo como único Salvador, única esperança do pecador perdido. FO 89 3 Ao considerar o pecador a lei, sua culpa se lhe torna clara, e lhe impressiona a consciência, e ele é condenado. Seu único conforto e esperança encontra-os em olhar à cruz do Calvário. Ao aventurar-se a crer nas promessas, tomando a Deus em Sua palavra, vêm-lhe à alma alívio e paz. Clama: "Senhor, Tu prometeste salvar a todos que se achegam a Ti em nome de Teu Filho. Sou uma pessoa perdida, desajudada e sem esperança. Senhor, salva-me, ou pereço!" Sua fé se apodera de Cristo, e ele é justificado diante de Deus. FO 89 4 Mas, embora Deus possa ser justo e ao mesmo tempo justificar o pecador, pelos méritos de Cristo, homem algum pode cobrir sua alma com as vestes da justiça de Cristo, enquanto comete pecados conhecidos, ou negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração, antes que possa ocorrer a justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma. FO 90 1 Tiago escreve acerca de Abraão e diz: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tiago 2:21-24. A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa. Fé, condição da promessa FO 90 2 Sem a graça de Cristo acha-se o pecador em estado desesperador; coisa alguma pode ser feita em seu favor; mas pela graça divina é comunicado ao homem poder sobrenatural, que opera em seu espírito, coração e caráter. É pela comunicação da graça de Cristo que se discerne o pecado em sua natureza odiosa, sendo afinal expulso do templo da alma. É pela graça que somos levados em comunhão com Cristo, para com Ele sermos associados na obra da salvação. A fé é a condição sob a qual Deus houve por bem prometer perdão aos pecadores; não que exista na fé qualquer virtude pela qual se mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador. Quando o pecador crê que Cristo é seu Salvador pessoal, então, de acordo com as Suas promessas infalíveis, Deus lhe perdoa o pecado e o justifica livremente. A pessoa arrependida reconhece que sua justificação vem porque Cristo, como seu Substituto e Penhor, morreu por ele, e é sua expiação e justiça. FO 91 3 "Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." Romanos 4:3-5. Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça; e a pessoa perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior. Pode dizer, alegremente: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna." Tito 3:5-7. FO 91 1 Mais: Está escrito: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:12, 13. Disse Jesus: "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. "Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." Verso 5. Não é baixa a norma que nos é dada, pois devemos tornar-nos filhos de Deus. Devemos ser salvos como indivíduos; e no dia da prova seremos capazes de discernir entre aquele que serve a Deus e o que não O serve. Somos salvos como crentes individuais no Senhor Jesus Cristo. FO 91 2 Muitos estão a perder o caminho certo, por pensarem que têm de alçar-se ao Céu; que têm de fazer algo para merecer o favor de Deus. Procuram tornar-se melhores por seus próprios esforços, desajudados. Isso jamais conseguirão realizar. Cristo abriu caminho morrendo como nosso sacrifício, vivendo como nosso exemplo, tornando-Se nosso grande Sumo Sacerdote. Diz Ele: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida." João 14:6. Se por qualquer esforço nosso pudéssemos subir um único degrau na escada, as palavras de Cristo não seriam verdadeiras. Mas quando aceitamos a Cristo, as boas obras aparecerão, como frutífera prova de que nos achamos no caminho da vida, que Cristo é nosso caminho, e que estamos palmilhando a vereda certa, que conduz ao Céu. Ele se torna nossa justiça FO 92 1 Cristo olha ao espírito com que fazemos as coisas, e quando nos vê levando nossa carga com fé, Sua santidade perfeita faz expiação por nossas faltas. Quando fazemos o melhor possível, Ele Se torna nossa justiça. Requer todo raio de luz que Deus nos envia, o tornar-nos a luz do mundo. (Carta 33, 1889.) Mensagens Escolhidas 1:365-368. ------------------------Capítulo 15 -- Isto é justificação pela fé FO 93 0 Parte do Manuscrito 21, 1891, escrito em 27 de Fevereiro de 1891. Publicado no The S.D.A. Bible Commentary 6:1070, 1071. FO 93 1 Quando o pecador penitente, contrito diante de Deus, discerne a expiação de Cristo em seu favor e aceita essa expiação como sua única esperança nesta vida e na vida futura, seus pecados são perdoados. Isso é justificação pela fé. Toda pessoa crente deve submeter sua vontade inteiramente à vontade de Deus e manter-se num estado de arrependimento e contrição, exercendo fé nos méritos expiadores do Redentor e avançando de força em força, e de glória em glória. FO 93 2 Perdão e justificação são uma só e a mesma coisa. Pela fé, o crente passa da posição de rebelde, de filho do pecado e de Satanás, para a posição de súdito leal de Cristo Jesus, não por causa de alguma bondade inerente, mas porque Cristo o recebe como Seu filho, por adoção. O pecador obtém o perdão de seus pecados, porque esses pecados são carregados por seu Substituto e Penhor. O Senhor fala a Seu Pai celestial, dizendo: "Este é Meu filho. Eu o absolvo da condenação da morte, dando-lhe Minha apólice de seguro de vida -- a vida eterna -- porque tomei o seu lugar e sofri por seus pecados. Ele é mesmo Meu filho amado." Assim o homem, perdoado, e revestido das belas vestes da justiça de Cristo, se encontra irrepreensível diante de Deus. FO 93 3 O pecador pode errar, mas ele não é rejeitado sem misericórdia. Sua única esperança, porém, é arrependimento para com Deus e fé no Senhor Jesus Cristo. A prerrogativa do Pai é perdoar nossas transgressões e pecados, porque Cristo tomou sobre Si a nossa culpa e nos absolveu, imputando-nos Sua própria justiça. Seu sacrifício satisfaz plenamente as reivindicações da justiça. FO 94 1 Justificação é o contrário de condenação. A infinita misericórdia de Deus é manifestada para os que são completamente indignos. Ele perdoa as transgressões e os pecados por amor de Jesus, o qual Se tornou a propiciação pelos nossos pecados. Pela fé em Cristo, o transgressor culpado é conduzido ao favor de Deus e à forte esperança da vida eterna. ------------------------Capítulo 16 -- Aceitos em Cristo FO 95 0 Artigo em The Signs of the Times, 4 de Julho de 1892. FO 95 1 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Esta mensagem é para o mundo, pois "todo o que" significa que toda e qualquer pessoa que cumpre a condição pode partilhar a bênção. Todos os que olham para Jesus, crendo nEle como seu Salvador pessoal, não perecerão, mas terão a "vida eterna". Foram tomadas todas as providências para que tenhamos a recompensa eterna. FO 95 2 Cristo é nosso Sacrifício, nosso Substituto, nosso Penhor, nosso Intercessor divino; Ele Se nos tornou justiça, santificação e redenção. "Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus." Hebreus 9:24. FO 95 3 A intercessão de Cristo em nosso favor consiste em apresentar Seus méritos divinos, oferecendo-Se a Si mesmo ao Pai como nosso Substituto e Penhor; pois Ele ascendeu ao alto para fazer expiação por nossas transgressões. "Se... alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo." 1 João 2:1-2. "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." 1 João 4:10. "Por isso também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hebreus 7:25. FO 95 4 Diante dessas passagens, é evidente que não é a vontade de Deus que sejais receosos e aflijais vossa alma com medo de que Deus não vos aceite porque sois pecaminosos e indignos. "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós." Tiago 4:8. Apresentai vosso caso diante dEle, implorando os méritos do sangue derramado por vós na cruz do Calvário. Satanás vos acusará de ser grandes pecadores, e precisais admitir isso, mas podeis dizer: "Sei que sou um pecador, e é por esta razão que necessito de um Salvador. Jesus veio ao mundo para salvar pecadores. 'O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.' 1 João 1:7. 'Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.' 1 João 1:9. Não tenho nenhum mérito ou virtude pelo qual eu possa reivindicar a salvação, mas apresento diante de Deus o sangue todo-expiador do imaculado Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Esta é a minha única reivindicação. O nome de Jesus me dá acesso ao Pai. Seu ouvido, Seu coração, está aberto a minha mais débil súplica, e Ele supre minhas mais profundas necessidades." Isto é justificação FO 96 1 É a justiça de Cristo que torna o pecador penitente aceitável a Deus e opera sua justificação. Por mais pecaminosa que tenha sido sua vida, se ele crê em Jesus como seu Salvador pessoal, permanece diante de Deus nas imaculadas vestes da justiça imputada de Cristo. FO 96 2 O pecador tão recentemente morto em delitos e pecados é vivificado pela fé em Cristo. Ele vê pela fé que Jesus é seu Salvador e está vivo para todo o sempre, podendo "salvar totalmente [todos] os que por Ele se chegam a Deus." Hebreus 7:25. Na expiação realizada para ele, o crente vê tal largura, comprimento, altura e profundidade de eficiência -- ele vê tal inteireza de salvação, adquirida a um preço tão infinito, que sua alma se enche de louvor e gratidão. Contempla, como por espelho, a glória do Senhor e é transformado na Sua própria imagem, como pelo Espírito do Senhor. Vê o manto da justiça de Cristo, tecido no tear do Céu, talhado por sua obediência e imputado à pessoa arrependida pela fé em seu nome. FO 96 3 Quando o pecador tem uma visão dos incomparáveis encantos de Jesus, o pecado deixa de ser atraente para ele; pois contempla Aquele que é o mais distinguido entre dez mil e totalmente desejável. Compreende por experiência pessoal o poder do evangelho, cuja vastidão de desígnio só é igualada por sua preciosidade de propósito. FO 97 1 Temos um Salvador que vive. Ele não está no sepulcro novo de José; ressuscitou dentre os mortos e ascendeu ao alto como Substituto e Penhor de toda pessoa crente. "Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo." Romanos 5:1. O pecador é justificado pelos méritos de Jesus, e isto é o reconhecimento de Deus da perfeição do resgate pago pelo homem. Que Cristo foi obediente até à morte na cruz é uma garantia da aceitação do pecador penitente, pelo Pai. Permitiremos, então, que nós mesmos tenhamos uma experiência vacilante, de duvidar e crer, de crer e duvidar? Jesus é a garantia de nossa aceitação por Deus. Alcançamos favor perante Deus, não em virtude de algum mérito em nós mesmos, mas devido a nossa fé no "Senhor, Justiça Nossa". FO 97 2 Jesus está em pé no Santo dos Santos, para comparecer agora na presença de Deus por nós. Ali, Ele não cessa de apresentar Seu povo, momento após momento, perfeito nEle. No entanto, por sermos assim representados perante o Pai, não devemos imaginar que podemos abusar de Sua misericórdia, tornando-nos descuidados, indiferentes e comodistas. Cristo não é o ministro do pecado. Somos perfeitos nEle, aceitos no Amado, unicamente se permanecemos nEle pela fé. FO 97 3 Nunca podemos alcançar a perfeição por nossas próprias boas obras. A pessoa que vê a Jesus pela fé, rejeita sua própria justiça. Encara a si mesma como incompleta, seu arrependimento como insuficiente, sua mais forte fé como sendo apenas debilidade, seu mais custoso sacrifício como escasso, e se prostra com humildade aos pés da cruz. Mas uma voz lhe fala dos oráculos da Palavra de Deus. Com estupefação ela ouve a mensagem: "NEle estais aperfeiçoados." Agora tudo está em paz nessa pessoa. Não precisa mais esforçar-se para encontrar algum merecimento em si mesma, alguma ação meritória pela qual alcance o favor de Deus. Uma verdade difícil de ser aceita FO 97 4 Contemplando o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, ela encontra a paz de Cristo; pois o perdão é aposto a seu nome, e ela aceita a Palavra de Deus: "NEle estais aperfeiçoados." Colossences 2:10. Quão difícil é para a humanidade, por muito tempo acostumada a acalentar a dúvida, aceitar essa grandiosa verdade! Todavia, que paz ela traz à pessoa, e que vitalidade! Olhando para nós mesmos em busca de justiça, para encontrar a aceitação diante de Deus, olhamos para o lugar errado, "porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Romanos 3:23. Devemos olhar para Jesus, porque "todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem". 2 Coríntios 3:18. Deveis encontrar vossa inteireza contemplando o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. FO 98 1 Postando-se diante da transgredida lei de Deus, o pecador não pode purificar-se a si mesmo; mas, crendo em Cristo, ele é o objeto de Seu amor infinito e revestido de Sua justiça imaculada. Jesus orou pelos que crêem em Cristo: "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. A fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu Me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que Me tens dado, para que sejam um, como Nós o somos." João 17:17, 21-22. "Pai justo, o mundo não Te conheceu; Eu, porém, Te conheci, e também estes compreenderam que Tu Me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu neles esteja." João 17:25-26. FO 98 2 Quem pode compreender a natureza dessa justiça que restaura o pecador crente, apresentando-o a Deus sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante? Temos a empenhada palavra de Deus de que Cristo Se nos tornou justiça, santificação e redenção. Permita Deus que confiemos em Sua palavra com implícita confiança e desfrutemos Sua mais copiosa bênção. "Porque o próprio Pai vos ama, visto que Me tendes amado e tendes crido que Eu vim da parte de Deus." João 16:27. ------------------------Capítulo 17 -- Conselho a um eminente pastor, sobre a apresentação da relação entre a fé e as obras FO 99 0 Parte de uma carta a A. T. Jones, 9 de Abril de 1893, Carta 44, 1893. Publicada em Mensagens Escolhidas 1:377-379. FO 99 1 Estava eu assistindo a uma reunião, estando presente vasta congregação. Em meu sonho estáveis apresentando o assunto da fé, e da imputada justiça de Cristo pela fé. Repetíeis várias vezes que as obras de nada valiam, que não havia condições. O assunto foi apresentado de maneira que, sei, os espíritos seriam confundidos, não recebendo a correta impressão quanto à fé e as obras, e resolvi escrever-vos. Afirmais esta questão com vigor exagerado. Há condições para recebermos justificação e santificação, e a justiça de Cristo. Sei o que quereis dizer, mas deixais uma impressão errada nos espíritos. Conquanto as boas obras não salvem pessoa alguma, é impossível que uma única pessoa se salve sem as boas obras. Deus nos salva sob uma condição: que peçamos, se queremos receber; busquemos, se queremos encontrar; e batamos se queremos que a porta se nos abra. FO 99 2 Cristo Se oferece, para salvar totalmente os que se chegam a Ele. Convida a todos para irem ter com Ele. "O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. Na realidade considerais esses assuntos como eu, entretanto lhes dais um torneio que leva confusão aos espíritos. E depois de terdes expresso radicalmente vossos pensamentos acerca das obras, quando vos são feitas perguntas sobre esse mesmo assunto, ele em vosso próprio espírito não está muito claro, e não podeis definir a outros espíritos os princípios corretos, e vós mesmos sois incapaz de fazer vossas afirmações harmonizarem com os vossos princípios e vossa fé. FO 99 3 O jovem dirigiu-se a Jesus com a pergunta: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Marcos 10:17. E Cristo lhe disse: "Por que Me chamas bom? Ninguém é bom senão Um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos." Mateus 19:17. Disse-Lhe o jovem: "Quais?" Jesus citou vários, e o jovem Lhe disse: "Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?" Mateus 19:20. Disse-lhe Jesus: "Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres, e terás um tesouro no Céu; depois vem, e segue-Me." Mateus 19:21. Aí estão as condições, e a Bíblia está repleta de condições. "Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades." Mateus 19:22. Aspectos importantes FO 100 1 Então, quando dizeis que não há condições, e fazeis algumas declarações muito amplas, sobrecarregais as mentes, e alguns não vêem coerência em vossas expressões. Não podem ver como harmonizar essas expressões com as claras afirmações da Palavra de Deus. Notai esses pontos, por favor. Essas fortes afirmações acerca das obras não tornam nossa posição mais fortalecida. As expressões enfraquecem nossa posição, pois muitos vos considerarão extremista, e perderão as ricas lições que tendes para eles, justamente sobre os assuntos que precisam conhecer. ... Meu irmão, é difícil à mente compreender esse ponto, e não confundais mente alguma com idéias que não se harmonizem com a Palavra. Considerai, por favor, que sob os ensinos de Cristo muitos dos discípulos eram lamentavelmente ignorantes; mas quando o Espírito Santo, que Jesus prometeu, veio sobre eles e fez do vacilante Pedro o campeão da fé, que transformação em seu caráter! Mas, não coloqueis nem mesmo um seixo, para a pessoa fraca na fé, nele tropeçar, por meio de apresentações ou expressões exageradas. Sede sempre coerente, calmo, profundo e firme. Não vades a nenhum extremo em coisa alguma, mas mantende os pés sobre rocha sólida. Ó precioso, precioso Salvador! "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele." João 14:21. FO 100 2 Esta é a verdadeira prova -- o fazer as obras de Cristo. E é a evidência do amor do agente humano a Jesus, e aquele que faz a Sua vontade dá ao mundo a prova prática do fruto que ele manifesta em obediência, em pureza e em santidade do caráter. ... FO 101 1 Ó meu irmão, andai cuidadosamente com Deus. Mas lembrai-vos de que há alguns cujos olhos vos fitam com muita atenção, na expectativa de que ultrapasseis o limite, e tropeceis e caiais. Mas se com humildade vos conservardes junto a Jesus, tudo estará bem... FO 101 2 Na escola de Cristo não há lugar onde nos diplomemos. Devemos trabalhar segundo o plano da adição, e o Senhor operará segundo o plano da multiplicação. É pela constante diligência que, pela graça de Cristo, viveremos segundo o plano da adição, fazendo firme nossa vocação e eleição... "Porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois, desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 1:10, 11. (Carta 44, 1893.) Mensagens Escolhidas 1:377-379. ------------------------Capítulo 18 -- O homem pode ser tão puro em sua esfera como Deus na dEle FO 103 0 Parte do artigo: A si Mesmo se Purifica, em The Signs of the Times, 20 de Junho de 1895. FO 103 1 "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-Lo como Ele é." 1 João 3:2. A herança do povo de Deus é discernida por meio da fé na Palavra de Deus. "A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. FO 103 2 Pela fé os filhos de Deus obtêm um conhecimento de Cristo e acalentam a esperança de Seu aparecimento para julgar o mundo com justiça, até que se torne uma gloriosa expectativa; pois então O verão como Ele é, e se tornarão semelhantes a Ele, e sempre estarão com o Senhor. Os santos que dormem serão então chamados para fora de suas sepulturas, para uma gloriosa imortalidade. Quando chegar o dia do livramento, então vereis outra vez a diferença entre o que serve a Deus e o que não O serve. Quando Cristo vier, será para ser admirado por todos os que crêem, e os reinos deste mundo tornar-se-ão os reinos de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. FO 103 3 Os que estão aguardando a revelação de Cristo nas nuvens do céu com poder e grande glória, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, procurarão representá-Lo perante o mundo na vida e no caráter. "E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro." 1 João 3:3. Odiarão o pecado e a iniquidade, assim como Cristo odiou o pecado. Guardarão os mandamentos de Deus, como Cristo guardou os mandamentos de Seu Pai. Compreenderão que não basta aquiescer nas doutrinas da verdade, mas a verdade tem de ser aplicada ao coração e praticada na vida, a fim de que os seguidores de Cristo possam ser um com ele e os homens sejam tão puros em sua esfera como Deus na dEle. Não só ouvintes, mas praticantes FO 104 1 Tem havido homens em todas as gerações que têm afirmado ser filhos de Deus, pagando o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas levando uma vida iníqua, por negligenciarem os preceitos mais importantes da lei -- a misericórdia, a justiça e o amor de Deus. FO 104 2 Há muitos hoje em dia que se encontram num engano similar; pois, embora tenham uma aparência de grande santidade, não são praticantes da Palavra de Deus. Que se pode fazer para abrir os olhos dessas pessoas que se iludiram a si mesmas, se não apresentar-lhes um exemplo de verdadeira piedade, não sendo nós mesmos somente ouvintes, mas também praticantes dos mandamentos do Senhor, refletindo assim a luz da pureza de caráter sobre o seu caminho? Não como as pessoas mundanas FO 104 3 Os filhos de Deus não serão semelhantes às pessoas mundanas; pois a verdade recebida no coração será o meio de purificar a alma e de transformar o caráter, tornando seu recebedor da mesma mentalidade que Deus. A menos que alguém se torne da mesma mentalidade que Deus, ainda se encontra em sua depravação natural. FO 104 4 Se Cristo estiver no coração, Ele aparecerá no lar, na oficina, no mercado, na igreja. O poder da verdade será percebido por elevar e enobrecer a mente, por sensibilizar e subjugar o coração, pondo a pessoa toda em harmonia com Deus. Quem é transformado pela verdade lançará luz sobre o mundo. Quem tem a esperança de Cristo dentro de si purificar-se-á assim como Ele é puro. A esperança do aparecimento de Cristo é uma grande esperança, uma esperança de longo alcance. É a esperança de ver o Rei em Sua formosura e de tornar-se semelhante a Ele. FO 104 5 Quando Cristo vier, a Terra tremerá diante dEle, os céus se recolherão como um pergaminho que se enrola, e todos os montes e ilhas serão movidos dos seus lugares. "Virá o nosso Deus e não se calará; adiante dEle um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dEle. Do alto, chamará os céus e a Terra, para julgar o Seu povo. Congregai os Meus santos, aqueles que fizeram comigo um concerto com sacrifícios. E os céus anunciarão a Sua justiça, pois Deus mesmo é o Juiz." Salmos 50:3-6. Em vista do grande dia de Deus, podemos ver que nossa única segurança se encontrará em afastar-nos de todo pecado e iniquidade. Os que continuarem no pecado estarão entre os condenados e os que perecem. O fim dos transgressores FO 105 1 João viu o fim dos que escolhem o caminho da transgressão: "Os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" Apocalipse 6:15-17. FO 105 2 Terrível condenação está reservada ao pecador, e, portanto, é necessário que saibamos o que é pecado, para que possamos livrar-nos de seu poder. João diz: "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei." 1 João 3:4. Temos aqui a verdadeira definição do pecado; ele "é a transgressão da lei". Quantas vezes o pecador é incentivado a abandonar os seus pecados e a ir a Jesus; será, porém, que o mensageiro que quis conduzi-lo a Cristo indicou claramente o caminho? Apontou ele claramente para o fato de que "o pecado é a transgressão da lei" e que o pecador precisa arrepender-se e abandonar a transgressão dos mandamentos de Deus? ... FO 105 3 Deus não podia alterar um jota ou um til de Sua santa lei para alcançar o homem em sua condição decaída; pois isso redundaria em descrédito da sabedoria de Deus em fazer uma lei pela qual governasse o Céu e a Terra. Mas Deus podia dar Seu Filho unigênito para tornar-Se o Substituto e Penhor do homem, para sofrer a penalidade merecida pelo transgressor e para comunicar Sua perfeita justiça à pessoa arrependida. Cristo tornou-Se o sacrifício sem pecado por uma raça culpada, fazendo dos homens prisioneiros de esperança, para que pelo arrependimento para com Deus por haverem transgredido Sua santa lei, e pela fé em Cristo como seu Substituto, Penhor e Justiça, pudessem ser reconduzidos à lealdade a Deus e à obediência a Sua santa lei. A justiça de Cristo possibilita a obediência FO 106 1 Ao pecador era impossível observar a lei de Deus, a qual é santa, justa e boa; mas essa impossibilidade foi removida pela comunicação da justiça de Cristo à pessoa arrependida e crente. A vida e a morte de Cristo em favor do homem pecaminoso tinham por finalidade restaurar o pecador à aprovação de Deus, comunicando-lhe a justiça que satisfizesse as reivindicações da lei e encontrasse aceitação da parte do Pai. FO 106 2 Sempre foi, porém, o propósito de Satanás invalidar a lei de Deus e deturpar o verdadeiro significado do plano da salvação. Consequentemente, ele originou a falsidade de que o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário tinha por finalidade livrar os homens da obrigação de guardar os mandamentos de Deus. Ele tem impingido ao mundo o engano de que Deus aboliu Sua constituição, lançou fora Seu padrão moral e invalidou Sua santa e perfeita lei. Caso houvesse feito isso, quão terrível teria sido o custo para o Céu! Em vez de proclamar a abolição da lei, a cruz do Calvário proclama retumbantemente o seu caráter imutável e eterno. Se a lei pudesse ser abolida e mantido o governo do Céu e da Terra e dos incontáveis mundos de Deus, Cristo não precisava ter morrido. A morte de Cristo destinava-se a resolver para sempre a questão da validade da lei de Jeová. Tendo sofrido toda a penalidade por um mundo culpado, Jesus tornou-Se o Mediador entre Deus e o homem, para restaurar a pessoa arrependida ao favor de Deus, concedendo-lhe graça para guardar a lei do Altíssimo. Cristo não veio destruir a lei ou os profetas, mas cumpri-los ao pé da letra. A expiação do Calvário vindicou a lei de Deus como santa, justa e verdadeira, não somente diante do mundo caído, mas também diante do Céu e perante os mundos que não caíram. Cristo veio engrandecer a lei e torná-la honrosa. ------------------------Capítulo 19 -- Opiniões e práticas em harmonia com a palavra de Deus FO 107 0 Selecionado de um artigo na The Review and Herald, 25 de Março de 1902. FO 107 1 Há muitos que alegam ter sido santificados para Deus, e, no entanto, quando lhes é apresentada a grande norma de justiça, ficam muito inflamados e manifestam um espírito que prova não saberem nada do que significa ser santificado. Não têm o espírito de Cristo; pois os que verdadeiramente são santificados reverenciarão e obedecerão à Palavra de Deus, tão logo lhes seja aberta, expressando o forte desejo de conhecer o que é verdade em todo ponto de doutrina. Um sentimento exultante não é evidência de santificação. A afirmação: "Estou salvo, estou salvo" não prova que a pessoa está salva ou santificada. FO 107 2 A muitos que se acham grandemente empolgados é dito que eles estão santificados, quando não têm uma idéia sensata do que significa esse vocábulo; pois não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus. Acreditam estar em conformidade com a vontade de Deus porque se sentem felizes; mas, quando são provados, quando a Palavra de Deus é aplicada a sua experiência, fecham os ouvidos para não ouvir a verdade, dizendo: "Estou santificado", e isso põe fim à controvérsia. Não querem dar-se ao trabalho de examinar as Escrituras para saber que é verdade e provar que estão terrivelmente iludidos. Santificação é muito mais do que êxtase de sentimentos. FO 107 3 Emoção não é santificação. Inteira conformidade com a vontade de nosso Pai que está no Céu é tão-somente o que constitui santificação, e a vontade de Deus é expressa em Sua santa lei. A observância de todos os mandamentos de Deus é santificação. Demonstrar que sois filhos obedientes à Palavra de Deus é santificação. A Palavra de Deus deve ser nosso guia, e não as opiniões ou idéias de homens. Os que desejam ser verdadeiramente santificados examinem a Palavra de Deus com paciência, com oração e com humilde contrição de alma. Lembrem-se de que Jesus orou: "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade." João 17:17. Vivendo de toda palavra de Deus FO 108 1 Cristianismo é simplesmente viver de toda palavra que procede da boca de Deus. Devemos crer e viver em Cristo, o qual é o caminho, a verdade e a vida. Temos fé em Deus quando cremos em Sua Palavra; confiamos em Deus e Lhe obedecemos quando guardamos os Seus mandamentos; e amamos a Deus quando amamos Sua lei. FO 108 2 Crer numa mentira não porá nenhum de nós no caminho de ser santificado. Se todos os pastores do mundo nos dissessem que estávamos seguros em desobedecer mesmo que fosse a um só preceito da santa norma de justiça, não seriam diminuídas as nossas obrigações nem atenuada a nossa culpa se rejeitássemos um claro "Faça" ou "Não Faça". Não devemos pensar que pelo fato de nossos pais terem procedido de certa maneira e morrido felizes, podemos andar em suas pegadas e ser aceitos ao prestar o mesmo serviço e realizar as mesmas obras que eles realizaram. FO 108 3 Temos mais luz do que eles tiveram em seu tempo; e se queremos ser aceitos por Deus, precisamos ser tão fiéis em obedecer à luz e segui-la como eles foram em aceitar a luz que Deus lhes enviou e obedecer a ela. Devemos aceitar e aproveitar a luz que incide sobre o nosso caminho com tanta fidelidade como eles aceitaram e aproveitaram a luz que incidiu sobre o seu caminho, em sua geração. Seremos julgados de acordo com a luz que brilha no templo da alma em nossos dias; e, se seguirmos a luz, seremos homens e mulheres livres em Cristo Jesus. ------------------------Foi Por Você FPV 5 1 Capítulo 1 -- A Glória do Calvário FPV 11 1 Capítulo 2 -- A Morte de Cristo FPV 16 1 Capítulo 3 -- Triunfo Sobre a Morte FPV 21 1 Capítulo 4 -- A Promessa Mais Alentadora ------------------------Capítulo 1 -- A Glória do Calvário FPV 5 1 Por entre as vaias e a cruel zombaria da multidão, Jesus foi conduzido ao Gólgota. Ao transpor o limiar do pretório de Pilatos, impuseram-Lhe sobre os feridos ombros a cruz destinada a Barrabás. FPV 5 2 Também foi colocada uma cruz sobre cada um dos dois ladrões que seriam crucificados com Jesus. FPV 5 3 O peso do madeiro excedia as forças de Jesus, que estava fatigado e abatido. Após andar um pouco, caiu desmaiado sob o peso da cruz. FPV 5 4 Apenas recobrou os sentidos, a cruz foi outra vez posta sobre os Seus ombros. Vacilante, Jesus adiantou-Se alguns passos e novamente Lhe faltaram as forças, tornando a cair. Vendo, pois, Seus algozes que Lhe era impossível levar a cruz, ficaram perplexos por não saber sobre quem impor o humilhante fardo. FPV 6 1 Foi então que lhes veio ao encontro Simão de Cirene. A este finalmente obrigaram a levar a cruz até ao Calvário. FPV 6 2 Os filhos de Simão eram discípulos de Jesus, mas ele mesmo nunca O havia confessado abertamente. Mais tarde, Simão sentiu-se grato pelo privilégio que lhe coubera de levar a cruz do Salvador, a qual se tornou o meio de sua conversão. As cenas que se desenrolaram no Calvário e as palavras que Jesus ali proferiu induziram Simão a reconhecê-Lo como Filho de Deus. FPV 6 3 Tendo chegado ao lugar do suplício, os condenados foram logo amarrados sobre os respectivos madeiros. Os dois criminosos revolveram-se sob as mãos daqueles que os queriam prender à cruz; o Salvador, porém, não lhes opôs nenhuma resistência. FPV 6 4 A mãe de Jesus O havia acompanhado naquele pavoroso transe. Ao vê-Lo sucumbir ao peso da cruz, seu coração estava ansioso por ir socorrê-Lo, mas este privilégio lhe foi negado. FPV 7 1 A cada momento durante aquele trajeto penoso, ela esperava que Jesus Se prevalecesse de Sua virtude divina para desembaraçar-Se das mãos da turba assassina. E agora que os acontecimentos atingiam o seu fim, vendo ela como os condenados eram pregados sobre a cruz, em que angustiosa tensão ficou sua pobre alma! FPV 7 2 Acaso Aquele que tinha dado vida aos mortos consentiria em ser Ele próprio crucificado? Permitiria Ele, o Filho de Deus, que Lhe dessem morte tão cruel? Devia ela por fim renunciar à fé em que Ele era de fato o Messias? FPV 7 3 Viu também Suas mãos serem estendidas sobre o madeiro, aquelas mesmas mãos que sempre se estenderam para abençoar os sofredores. FPV 7 4 Logo foram trazidos cravos e martelos, e quando aqueles começaram a penetrar nas Suas delicadas carnes, os discípulos, compungidos, tiveram de conduzir para longe da cruel cena o corpo desmaiado da mãe de Jesus. FPV 7 5 O Salvador não soltou um gemido sequer. De Seu rosto pálido e sereno transpiravam apenas grossas gotas de suor. Seus discípulos tinham fugido à vista de tão cruel espetáculo. FPV 8 1 Enquanto os soldados consumavam a cruel obra, os pensamentos de Jesus, desprezando os próprios sofrimentos, se concentravam na terrível recompensa que aguardava os Seus perseguidores. Deplorando-os na sua ignorância, Ele orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34. FPV 8 2 Deste modo Jesus adquiriu o direito de Se fazer o intercessor dos homens perante o Pai. Essa oração de Jesus pelos Seus inimigos abrangia o mundo inteiro. Ela incluía cada pecador que existiu e que havia de existir, desde o princípio até à consumação do mundo. Toda vez que pecamos crucificamos de novo a Jesus. Em nosso favor, Ele ergue as mãos feridas diante do trono do Pai e diz: "Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." FPV 8 3 Estando Jesus pregado sobre a cruz, esta foi levantada por homens robustos, e violentamente fincada no chão. Isso causou ao Filho de Deus sofrimentos indizíveis. FPV 8 4 Pilatos escreveu então um letreiro em latim, grego e hebraico, o qual afixou na cruz por cima da cabeça de Jesus, de modo que todos pudessem ler: FPV 9 1 "Jesus Nazareno, o Rei dos judeus." Entretanto, os judeus requereram a Pilatos a modificação do letreiro, dizendo: FPV 9 2 "Não escrevas: Rei dos judeus e, sim, que Ele disse: Sou o Rei dos judeus." João 19:21. FPV 9 3 Mas Pilatos, descontente consigo mesmo por causa da sua fraqueza anterior e já enojado da importunação dos ímpios príncipes, respondeu: FPV 9 4 "O que escrevi, escrevi." FPV 9 5 Os insensíveis soldados dividiram então entre si as vestes de Jesus. A propósito da túnica, porém, que era sem costura, originou-se uma contenda, que foi resolvida ao concordarem os soldados em lançar sortes sobre a mesma. Este incidente tinha sido assim predito pelo Espírito de Deus: FPV 9 6 "Cães Me cercam; uma súcia de malfeitores Me rodeia; traspassaram-Me as mãos e os pés. Posso contar todos os Meus ossos; eles Me estão olhando e encarando em Mim. Repartem entre si as Minhas vestes, e sobre a Minha túnica deitam sortes." Salmo 22:16-18. FPV 10 1 Terrível espetáculo se desdobrou então. Os escribas e príncipes do povo, aliando as suas vozes às do povo, prorromperam em insultos e sarcasmos contra o Filho de Deus, dizendo: FPV 10 2 "Se Tu és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo." "Salvou os outros, a Si mesmo não pode salvar-Se. É Rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nEle. Confiou em Deus; pois venha livrá-Lo agora, se de fato Lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus." Mateus 27:42 e 43. FPV 10 3 "Os que iam passando, blasfemavam dEle, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-Te a Ti mesmo, descendo da cruz." Marcos 15:29 e 30. FPV 10 4 Cristo poderia ter descido da cruz. Mas, se tivesse feito isso, jamais poderíamos ser salvos. Por nossa causa Ele estava disposto a morrer. FPV 10 5 "Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5. ------------------------Capítulo 2 -- A Morte de Cristo FPV 11 1 Ao depor Sua preciosa vida na cruz, Cristo não teve para animá-Lo o gozo do triunfo. Seu coração estava vergado ao peso da angústia e oprimido de tristeza. Sentia sobre Si o peso esmagador dos pecados do mundo que O separavam do Pai, e foi isso que Lhe quebrantou o coração, determinando a Sua morte. FPV 11 2 Cristo experimentou aquela angústia que hão de experimentar os pecadores, quando um dia tiverem toda a consciência da sua culpabilidade, e reconhecerem estar para sempre privados do gozo e da paz dos Céus. FPV 11 3 Os anjos contemplavam com assombro a terrível agonia do Salvador. Tão intensos eram os sofrimentos do espírito que mal sentia as dores da cruz. FPV 12 1 A própria natureza simpatizou com aquela cena. O Sol, que até ao meio-dia havia brilhado no firmamento, eclipsou-se de repente; ao redor da cruz tudo ficou mergulhado em trevas profundas. Essa escuridão sobrenatural durou três horas consecutivas. FPV 12 2 Um terror indizível apoderou-se de todos os espectadores. As imprecações e as zombarias cessaram subitamente. Homens, mulheres e crianças caíram por terra, aterrorizados. FPV 12 3 De quando em quando fulvos raios rasgavam as nuvens, iluminando a cruz e o Salvador crucificado. Todos acreditavam ter chegado a hora da retribuição. FPV 12 4 À hora nona o negrume dissipou-se de sobre o povo, continuando, porém, a envolver o Salvador como uma mortalha. Flamejantes raios pareciam arremessar-se sobre Ele, ali pendurado na cruz. Foi então que Ele lançou o desesperado brado: FPV 12 5 "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" FPV 12 6 Nesse ínterim, as trevas haviam baixado sobre Jerusalém e sobre as planícies da Judéia. Volvendo os olhos para a cidade, todos podiam ver agora que os raios da ira de Deus eram despedidos contra ela. Então a treva ao redor da cruz se desfez bruscamente e com voz clara e estridente, que repercutiu em toda a natureza, Jesus bradou: FPV 13 1 "Está consumado! Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito!" FPV 13 2 Uma luz inundou a cruz, e o rosto do Salvador tornou-se resplandecente como o Sol. Depois, inclinando a cabeça, expirou. FPV 13 3 A multidão ao redor da cruz ficou imóvel, e, com a respiração cortada, contemplava o Salvador. De novo as trevas baixaram sobre a Terra e um surdo estampido semelhante ao de um forte trovão ecoou no espaço, sendo acompanhado de violento terremoto. FPV 13 4 Os homens embaralhados caíram por terra. Seguiu-se a mais horrenda confusão. Nas montanhas adjacentes fenderam-se os penhascos, sendo precipitados com estrondo no abismo. Ao mesmo tempo abriram-se muitas sepulturas e foram lançados fora os seus mortos. Parecia como se toda a criação devera fazer-se em pedaços. Sacerdotes, principais e soldados permaneciam mudos de terror, jazendo muitos prostrados no chão. FPV 14 1 À hora em que Jesus expirou, alguns sacerdotes estavam cumprindo o ritual divino no templo. Haviam sentido o terremoto, e no mesmo instante o véu, que dividia o Santo do Santíssimo, foi rasgado de alto a baixo por aquela mesma mão misteriosa que no palácio de Belsazar escrevera as palavras que selaram a sorte de Babilônia. FPV 14 2 O lugar santíssimo no santuário terrestre não mais seria um lugar sagrado. Nunca mais a presença de Deus havia de ensombrar o seu propiciatório. Nunca mais o favor ou desfavor de Deus seria manifestado ali pela sombra nas pedras preciosas do peitoral do sumo sacerdote. FPV 14 3 Daí por diante o sangue do sacrifício oferecido no templo seria destituído de valor. O Cordeiro de Deus, morrendo sobre o Calvário, havia Se tornado o legítimo sacrifício pelos pecados do mundo. FPV 14 4 Quando Cristo morreu sobre o Gólgota, foi aberto o novo e vivo caminho, destinado tanto aos judeus como aos gentios. FPV 15 1 Os anjos rejubilaram quando o Salvador exclamou do alto da cruz: "Está consumado!" O grande plano de redenção havia de ser levado a efeito. Os filhos de Adão seriam finalmente exaltados até à presença de Deus. FPV 15 2 Satanás estava derrotado e sabia que o seu reino estava perdido. ------------------------Capítulo 3 -- Triunfo Sobre a Morte FPV 16 1 João, o discípulo amado, estremeceu ante a idéia de ser o corpo do querido Mestre levado por mãos de rudes e insensíveis soldados para ser sepultado num lugar de desonra. Não via, porém, nenhum meio de evitá-lo, visto que não tinha nenhuma influência sobre Pilatos. FPV 16 2 Nessa situação angustiosa, os discípulos foram gentilmente auxiliados por José e Nicodemos. FPV 16 3 Esses homens eram membros do sinédrio, e conhecidos de Pilatos. Ambos eram homens abastados e de influência. Eles resolveram que o Salvador devia ser sepultado com as devidas honras. FPV 16 4 O primeiro foi ter corajosamente com Pilatos e solicitou-lhe o corpo de Jesus. Pilatos, depois de se haver informado de que Jesus estava realmente morto, acedeu ao pedido. FPV 17 1 Enquanto José foi ter com Pilatos, Nicodemos fez os preparativos para o sepultamento. Era costume naquele tempo embalsamar o corpo do morto com preciosos ungüentos e envolvê-lo em lençóis de linho. Assim, Nicodemos trouxe cerca de cem libras de um preparado de mirra e alóes, para embalsamar o corpo do Mestre. FPV 17 2 Era José possuidor de um sepulcro, recentemente talhado em rocha viva, para si mesmo; mas foi então preparado para Jesus. Embalsamado o corpo com ungüento, envolveram-no em lençol de linho e o deitaram ali. FPV 17 3 Havia-se empregado o máximo cuidado na segurança do sepulcro, pondo-se-lhe à entrada uma grande pedra. Essa pedra foi selada com o selo romano, de modo a não poder ser removida sem violação do selo. FPV 17 4 Uma guarda, formada por soldados romanos, foi colocada junto ao sepulcro para vigiá-lo e não permitir que alguém viesse molestar o morto. As sentinelas revezavam-se constantemente, rondando uma enquanto outras descansavam no chão. FPV 18 1 Junto ao sepulcro havia, porém, ainda outra guarda, constituída de anjos poderosos tirados dos exércitos celestiais. Qualquer desses anjos era dotado de força suficiente para destruir todo o exército romano. FPV 18 2 A noite que precede a manhã do primeiro dia da semana passou lentamente, aproximando-se a hora mais escura que precede a alva. FPV 18 3 Do trono de Deus foi enviado um dos poderosos anjos. Seu rosto é reluzente como o relâmpago e as vestes brancas como a neve. Diante dele se dissipam as trevas e todo o céu é iluminado com o resplendor de sua glória. FPV 18 4 Os soldados adormecidos ergueram-se precipitados como um só homem, mirando espantados o céu aberto e a figura luminosa que deles se aproximava. FPV 18 5 A terra tremeu e se contorceu à aproximação desse ente assombroso do mundo invisível. O anjo veio em cumprimento de gloriosa missão; e pela velocidade e força do seu vôo fez estremecer a terra como se fosse um terremoto. Os soldados e centuriões caíram como mortos. Outra falange fazia também a guarda à entrada do sepulcro. Esta era formada de espíritos maus. Cristo estava morto e Satanás, que presumia ter ainda o império da morte, reclamava-O como seu justo despojo. FPV 19 1 Os anjos de Satanás ali estavam para impedir que poder algum lhes arrebatasse a Jesus. Mas, ao aproximar-se o emissário glorioso da parte de Deus, fugiram todos precipitados, abandonando o sepulcro. FPV 19 2 O anjo tomou a grande pedra, rolou-a como se fosse um pequeno seixo, e com um brado que fez estremecer a terra exclamou: "Jesus, Filho de Deus, Teu Pai Te chama!" Então Aquele que conquistara o poder sobre a morte e a sepultura saiu do sepulcro com passo triunfante e proclamou: "Eu sou a ressurreição e a vida." A hoste angélica curvou-se em adoração ao Redentor e saudou-O com hinos de louvor. FPV 19 3 Ao ressurgir, a terra estremeceu, faiscaram raios e trovões ribombaram. Um terremoto havia assinalado o momento em que Jesus depôs Sua vida, outro assinalava a hora em que tornava a tomá-la triunfantemente. Satanás ficara furioso ao ver seus anjos debandarem diante do anjo celestial. Acariciara a esperança de que Cristo não tornaria à vida; abandonou-a, porém, ao vê-Lo ressurgir vencedor. Estava convencido, pois, de que seu reino teria fim e de que ele próprio havia de ser finalmente aniquilado. ------------------------Capítulo 4 -- A Promessa Mais Alentadora FPV 21 1 Estava terminada a obra terrestre de Jesus, e era chegado o tempo para regressar à pátria celestial. Tinha vencido e devia agora tomar Seu lugar à destra do Pai sobre o Seu trono de luz e de glória. FPV 21 2 Jesus escolheu o Monte das Oliveiras para lugar de Sua ascensão. Acompanhado dos onze, dirigiu-Se para aquele monte. Longe estavam, porém, os discípulos de imaginar que seria a última vez que estariam na companhia pessoal do Mestre. Durante o trajeto Jesus lhes deu Suas últimas instruções e, pouco antes de deixá-los, a preciosa promessa que tão grata se tem provado a todos os Seus seguidores: FPV 21 3 "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." FPV 22 1 Dirigiram-se para o cume que dá para o lado de Betânia. Ali pararam, e os discípulos se reuniram em torno do Mestre. Uma luz etérea parecia irradiar de Seu divino rosto quando os fitou cheio de ternura. As últimas palavras do Salvador foram repassadas de inefável doçura. FPV 22 2 Com as mãos estendidas para a última bênção, Jesus elevou-Se lentamente dentre eles. Os discípulos, maravilhados, esforçaram a vista para seguir o Salvador que desaparecia nos ares. Finalmente, uma nuvem de glória O arrebatou aos seus olhos. No mesmo instante ressoou no espaço a mais suave e maviosa música que procedia do coro de anjos celestiais. FPV 22 3 Estando os discípulos ainda parados, com os olhos fitos no céu, feriu os seus ouvidos uma voz como música arrebatadora. Eles se voltaram para ver dois mensageiros celestes, que lhes disseram: FPV 22 4 "Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao Céu, assim virá do modo como O vistes subir." FPV 22 5 Esses anjos faziam parte do exército que viera para acompanhar o Salvador à Sua morada celeste. Movidos de simpatia e amor para com os discípulos que ficavam, demoraram-se ainda um pouco para lhes assegurar que a separação seria apenas temporária. FPV 23 1 Jesus prometera que viria outra vez: FPV 23 2 "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também." João 14:1-3. FPV 23 3 Assim falara Jesus, e os anjos lhes declaravam agora que Ele viria do mesmo modo que O haviam visto ir ao Céu. Jesus subiu ao Céu em corpo, vendo-O eles quando foi elevado do meio deles e recebido por uma nuvem. Ele virá outra vez assentado numa grande nuvem branca, e "todo olho O verá". Apocalipse 1:7. FPV 23 4 Enoque testemunhou: "Eis que veio o Senhor entre Suas santas miríades, para exercer juízo contra todos." Judas 1:14. FPV 23 5 Isaías predisse como os justos O hão de aclamar na Sua vinda: "Eis que Este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; Este é o Senhor, a quem aguardávamos: na Sua salvação exultaremos e nos alegraremos." Isaías 25:9. FPV 24 1 Paulo descreveu a Sua vinda dizendo: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos Céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. FPV 24 2 "Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor." 1 Tessalonicenses 4:16 e 17. FPV 24 3 Assim, pois, o nosso Salvador voltará à Terra para levar consigo aos que tiverem permanecido fiéis. ------------------------A Igreja Remanescente IR 5 1 Prefácio IR 11 0 Capítulo 1 -- O objeto de seu supremo cuidado IR 15 1 Capítulo 2 -- A igreja -- propriedade de Deus IR 19 1 Capítulo 3 -- Organização e desenvolvimento IR 29 1 Capítulo 4 -- O acusador e seu trabalho IR 38 1 Capítulo 5 -- A igreja não é Babilônia IR 43 2 Capítulo 6 -- A igreja militante IR 48 2 Capítulo 7 -- Um ministério divinamente designado IR 53 3 Capítulo 8 -- Deus tem uma igreja IR 59 0 Capítulo 9 -- O amor de Deus por Sua igreja IR 62 1 Capítulo 10 -- Uma segurança freqüentemente repetida IR 65 1 Capítulo 11 -- Nosso nome denominacional IR 66 3 Capítulo 12 -- A Associação Geral IR 69 0 Capítulo 13 -- Últimas mensagens à assembléia da Associação Geral IR 74 2 Capítulo 14 -- Ânimo no Senhor ------------------------Prefácio IR 5 1 Este livrete é publicado com o propósito de levar confiança e ânimo aos corações dos que amam a Deus e crêem que Ele estabeleceu neste mundo um movimento que deve proclamar Sua verdade nos últimos dias. Há mais de um século surgiu um grupo pregando a breve volta de Cristo, declarando que Deus os pôs em seu lugar em cumprimento de profecia. Esse movimento tornou-se conhecido sob o nome de adventistas do sétimo dia, e bem logo no início teve uma experiência de desenvolvimento. O que é muito mais significativo, as doutrinas distintivas pregadas pelos adventistas do sétimo dia têm ganho crescente ímpeto e se tornado oportunas à medida que os anos passam. IR 5 2 Houve tempo em que o mundo se ria do mais característico desses ensinos: a doutrina de que se aproximava o fim do mundo. Hoje ninguém ri. Ao contrário, estranhamente, em toda parte os homens falam deste assunto como os adventistas. Nosso ensino sobre o sábado de Deus ganha nova força a cada década que passa, pois o sábado agora permanece revelado como o grande sinal e marca dos que não têm parte alguma na moderna apostasia que provém da teoria evolucionista. Nosso ensino sobre a natureza do homem e o estado dos mortos ganha novo vigor como um baluarte contra os enganos do espiritismo. E assim poderíamos enumerar as primeiras verdades que distinguiram o movimento conhecido como Adventista do Sétimo Dia. As provas de que seus ensinos são verdadeiros e de Deus tornam-se cada vez mais evidentes. Isto muito dificilmente poderia ser questionado por alguém que se tenha filiado ao movimento. IR 6 1 Entretanto, por estranho que possa parecer, há os que se apartaram de nós, não porque cressem que as doutrinas distintivas sejam falsas, mas porque crêem que Deus abandonou a organização que tem sua sede em Washington, D. C., e supõem que Deus lhes deu a incumbência de atraírem para alguma nova organização todos os sinceros que desejam estar preparados para o dia de Deus. Crêem que, em algum tempo no passado, o movimento do Advento perdeu o favor de Deus e portanto foi repudiado por Ele. Como sabem isto? Respondem que o Espírito de Profecia assim o declara. Mas declara? IR 6 2 Este livrete apresenta uma resposta a esta pergunta muito importante. A senhora White escreveu sobre este assunto do movimento de Deus em linguagem clara e inequívoca. As páginas que seguem contêm o suficiente de sua pena para definir este assunto, de Deus estar guiando hoje o mesmo povo que Ele guiara por mais de um século e se continuará a guiá-lo ao glorioso clímax. Nós o convidamos a ler e ser refrigerado em espírito. O fundamento de Deus permanece firme. Os Editores. ------------------------Capítulo 1 -- O objeto de seu supremo cuidado IR 11 0 Melbourne, Austrália, 23 de Dezembro de 1892. IR 11 1 Queridos Irmãos da Associação Geral: Testifico a meus irmãos e irmãs que a igreja de Cristo, débil e defeituosa como possa ser, é o único objeto na Terra ao qual Ele dispensa Seu supremo cuidado. Enquanto estende a todo o mundo Seu convite para que venham a Ele e sejam salvos, comissiona Seus anjos para que dispensem divino auxílio a cada alma que a Ele vem em arrependimento e contrição, e Ele vem pessoalmente pelo Seu Espírito Santo para dentro de Sua igreja. "Se Tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo ao Senhor; a minha alma O aguarda, e espero na Sua Palavra. A minha alma anseia pelo Senhor, mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, do que aqueles que esperam pela manhã. Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nEle há abundante redenção. E Ele remirá a Israel de todas as suas iniqüidades." IR 12 1 Ministros e toda a igreja, seja esta a nossa linguagem, provinda de corações que respondem à grande bondade e amor de Deus a nós como um povo e como indivíduos: "Espere Israel no Senhor, desde agora e para sempre." "Vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa de nosso Deus... louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao Seu nome, porque é agradável. Porque o Senhor escolheu para Si a Jacó, e a Israel para Seu tesouro peculiar. Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses." Considerai, meus irmãos e irmãs, que o Senhor tem um povo, povo escolhido, Sua igreja, para ser Sua propriedade, a Sua própria fortaleza, que Ele mantém num mundo revoltado e ferido pelo pecado; e é decisão Sua que nenhuma autoridade seja nela conhecida, nenhuma lei por ela seja reconhecida senão a Sua própria. IR 12 2 Satanás tem a sua grande confederação, a sua igreja. Cristo chama-a sinagoga de Satanás, porque seus membros são filhos do pecado. Os membros da igreja de Satanás têm estado a trabalhar constantemente para lançar fora a lei divina, e tornar confusa a distinção entre o bem e o mal. Satanás está operando com grande poder nos filhos da desobediência e por meio deles, para exaltar a traição e a apostasia como verdade e lealdade. E neste tempo o poder de sua satânica inspiração está movendo os instrumentos vivos a fim de promoverem contra Deus a grande rebelião que começou no Céu. Distinções claras e determinadas IR 13 1 Neste tempo, a igreja deve usar suas lindas vestes -- "Cristo justiça nossa". Há claras e decididas distinções a ser restauradas e apresentadas ao mundo por meio do exemplo, ao exaltar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho original, em contraste com a deformidade e trevas dos infiéis, os que se revoltaram contra a lei de Deus. Reconhecemos assim a Deus e a Sua lei, fundamento de Seu governo no Céu e através de Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser mantida distinta e clara perante o mundo; e não deverão ser reconhecidas leis algumas que entrem em conflito com as de Jeová. Se em desafio às divinas disposições fosse permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou nossas ações, estaria derrotado o desígnio divino. Razoável como seja o pretexto, se a igreja vacilar neste ponto está contra ela escrita nos livros dos Céus a negação dos mais sagrados encargos e traição do reino de Cristo. A igreja deve com firmeza e decisão manter seus princípios perante todo o Universo celestial e os reinos do mundo; firme fidelidade na manutenção da honra e santidade da lei de Deus atrairá a atenção e a admiração do próprio mundo, e pelas boas obras que notarão, muitos serão levados a glorificar nosso Pai do Céu. A pessoa fiel e verdadeira é portadora das credenciais do Céu, e não de potentados terrestres. Todos os homens saberão quem são os discípulos de Cristo, escolhidos e fiéis, e conhecê-los-ão quando coroados e glorificados como os que honram a Deus e a quem Ele honrou, concedendo-lhes a posse dum peso eterno de glória. ... IR 13 2 O Senhor proveu Sua igreja com habilitações e bênçãos, para que possa apresentar ao mundo a imagem de Sua própria suficiência, e Sua igreja seja completa nEle, uma contínua representação de outro mundo, o eterno mesmo, de leis mais altas que as terrenas. Sua igreja deve ser um templo construído segundo a semelhança divina, e o angélico Arquiteto trouxe e utilizou Sua celeste vara de ouro, a fim de que cada pedra seja talhada e ajustada pela medida divina, e polida para que brilhe como um emblema do Céu, irradiando em todas as direções os claros raios do Sol da Justiça. A igreja deve ser alimentada com o maná do Céu, conservando-se sob a guarda exclusiva de Sua graça. Vestida com a completa armadura de luz e justiça, entra ela em seu conflito final. A escória, o material inútil será consumido, e a influência da verdade testifica ao mundo de seu caráter santificador e enobrecedor. ... Experiências divinas IR 14 1 O Senhor está fazendo experiências em corações humanos por meio da manifestação de Sua misericórdia e abundante graça. Está efetuando transformações tão assombrosas, que Satanás, em toda a sua triunfante jactância, com toda a sua confederação do mal unida contra Deus e as leis de Seu governo, as fica contemplando como a um forte inexpugnável a seus sofismas e enganos. São para ele incompreensível mistério. Os anjos de Deus, serafins e querubins, os poderes comissionados para cooperar com os agentes humanos presenciam com admiração e gozo como homens decaídos, outrora filhos da ira, estão pela escola de Cristo, desenvolvendo caracteres segundo a semelhança divina, para ser filhos e filhas de Deus, para desempenhar uma parte importante nas ocupações e prazeres dos Céus. IR 14 2 Cristo deu à Sua igreja amplos recursos a fim de que Ele possa receber avultada contribuição de glória de Seus remidos, Sua possessão adquirida. Dotada da justiça de Cristo, a igreja é Sua depositária, e em plena e final manifestação devem nela aparecer a riqueza de Sua misericórdia, amor e graça. A declaração em Sua oração intercessória, de que o amor do Pai é tão grande para conosco como para com Ele mesmo, o Filho unigênito, e que onde Ele estiver estaremos nós, sendo para sempre um com Cristo e o Pai, é uma maravilha para as hostes celestes e é Sua grande alegria. O dom de Seu Santo Espírito, rico, amplo e abundante, deve ser para a Sua igreja como uma circundante muralha de fogo contra a qual os poderes do inferno não prevalecerão. Em sua incontaminada pureza e imaculada perfeição, Cristo considera Seu povo como a recompensa de todos os Seus sofrimentos, humilhação e amor e o suplemento de Sua glória: Cristo, o grande centro de que irradia toda a glória. "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." -- The General Conference Bulletin, 408, 409 (1893). Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 15-19. ------------------------Capítulo 2 -- A igreja -- propriedade de Deus IR 15 1 A igreja é a propriedade de Deus, e Ele Se lembra constantemente que ela está no mundo sujeita às tentações de Satanás. Cristo nunca Se esquece dos dias de Sua humilhação. Ao passar pelas cenas de Sua humilhação Jesus nada perdeu de Sua humanidade. Tem o mesmo amor terno e compassivo e sempre Se compadece dos ais humanos. Sempre tem em mente que foi um Varão de dores, familiarizado com a tristeza. Não Se esquece do povo que representa, que se está esforçando por manter a Sua espezinhada lei. Sabe que o mundo que O odiou, odeia-os também. Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente viva que liga os Seus crentes ao Seu próprio coração de infinito amor. O mais humilde e fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Nunca Se esquece Ele de que é o nosso representante, de que tem a nossa natureza. IR 16 1 Jesus vê na Terra a Sua igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele cooperar na grande obra de salvar almas. Ouve-lhes as orações, apresentadas em contrição e poder, e a Onipotência não lhes pode resistir aos rogos para a salvação de qualquer membro provado e tentado do corpo de Cristo. "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." Jesus sempre vive para interceder por nós. Por nosso Redentor, que bênçãos não poderá o verdadeiro crente receber? A igreja, prestes a entrar no seu mais duro conflito, será para Deus o objeto mais querido na Terra. A confederação do mal será estimulada com poder de baixo e Satanás lançará todo o opróbrio possível sobre os escolhidos que ele não pode enganar e iludir com suas invenções e falsidades satânicas. Mas, exaltado "a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados", fechará Cristo, nosso Representante a Cabeça, o coração, ou encolherá Sua mão, ou falsificará Sua promessa? -- Não; nunca, nunca. Identificado com sua igreja IR 16 2 Deus tem uma igreja, um povo escolhido; e pudessem todos ver como eu tenho visto, quão intimamente Cristo Se identifica com Seu povo, não se ouviria uma mensagem como essa que denuncia a igreja como Babilônia. Deus tem um povo que é Seu coobreiro e este tem avançado em frente, tendo em vista a Sua glória. Ouvi a oração de nosso representante nos Céus: "Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória." Oh, como o Chefe divino almejava ter Sua igreja consigo! Com Ele haviam comungado em Seus sofrimentos e humilhação, e é a Sua mais elevada alegria tê-los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reclama o privilégio de ter Sua igreja consigo. "Quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." Tê-los consigo, está de acordo com o concerto da promessa e o pacto feito com Seu Pai. Reverentemente, apresenta Ele, no trono da graça, a consumada redenção para Seu povo. O arco da promessa circunda nosso Substituto e Penhor ao lançar Sua amorável petição: "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória." Contemplaremos o Rei em Sua beleza e a igreja será glorificada. IR 17 1 Como Davi, podemos agora orar: "Já é tempo de operares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Têm os homens prosseguido na desobediência à lei de Deus, até alcançarem um grau de insolência sem paralelo. Os homens estão se educando na desobediência e apressadamente se aproximam do limite da paciência e do amor de Deus, e Ele certamente intervirá. Certamente Ele vindicará Sua honra e reprimirá a iniqüidade prevalecente. Será o povo que guarda o mandamento de Deus arrastado na iniquidade dominante? Por ser a lei de Deus alvo de escárnio universal, serão tentados a pensar menos nessa lei que é o fundamento de Seu governo, tanto no Céu como na Terra? -- Não. Para Sua igreja, Sua lei se torna mais preciosa, santa e digna de honra ao lançarem os homens sobre ela escárnio e desprezo. Como Davi, podem dizer: "Eles têm quebrantado a Tua lei. Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino. Por isso tenho em tudo como retos todos os Teus preceitos, e aborreço toda a falsa vereda." IR 18 1 A igreja militante não é a igreja triunfante; mas Deus a ama, e descreve pelo profeta como Ele Se opõe e resiste a Satanás, que veste os filhos de Deus nos trajes mais negros e corruptos, e pleiteia o privilégio de destruí-los. Os anjos de Deus protegiam-nos dos assaltos do inimigo. Diz o profeta: IR 18 2 "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se Lhe opor, mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende; ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: Não é este um tição tirado do fogo? Ora Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo. Então falando, ordenou aos que estavam diante dEle, dizendo: Tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos. E disse Eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos: E o anjo do Senhor estava ali. E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Se andares nos Meus caminhos, e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa, e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Mestres que devem ser evitados IR 18 3 Quando homens se levantam, pretendendo ter uma mensagem de Deus, mas em vez de combaterem contra os principados e potestades, e os príncipes das trevas deste mundo, eles formam um quadrado, virando as armas de guerra contra a igreja militante, tende medo deles. Não possuem as credenciais divinas. Deus não lhes deu tal responsabilidade no trabalho. Eles desejam derrubar aquilo que Deus deseja restaurar pela mensagem de Laodicéia. Ele só fere para poder curar e não para fazer perecer. O Senhor não confere a nenhum homem uma mensagem que desanimará e desalentará a igreja. Ele reprova, censura, castiga; mas é apenas para poder restaurar e por fim aprovar. Quanto se alegrou meu coração com o relatório da Associação Geral de que muitos corações foram abrandados e conquistados, que muitos fizeram humildes confissões, e removeram da porta do coração o entulho que conserva fora o Salvador! Que alegria tive ao saber que muitos deram as boas-vindas a Jesus como hóspede permanente! Como é que esses folhetos que denunciam a Igreja Adventista do Sétimo Dia como Babilônia se espalharam por toda a parte, no mesmo tempo em que a igreja estava recebendo o derramamento do Espírito de Deus? Como é que os homens podem ser tão enganados que imaginem consistir o alto clamor em retirar o povo de Deus da comunhão de uma igreja que está gozando um período de refrigério? Oh, que essas almas enganadas entrem na corrente, e recebam a bênção e sejam dotadas do poder do Alto. -- The Review and Herald, 17 de Outubro de 1893. Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 19-23. ------------------------Capítulo 3 -- Organização e desenvolvimento IR 19 1 Faz já quarenta anos que foi introduzida a organização entre nós, como um povo. Fiz parte daqueles que tiveram experiência ao estabelecê-la desde o princípio. Conheço as dificuldades que tiveram de ser enfrentadas, os males que ela se destina a corrigir, e tenho notado sua influência em relação com o crescimento da causa. Na fase inicial da obra, Deus nos proporcionou luz especial sobre este ponto, e esta luz, juntamente com as lições que a experiência nos ensinou, deveria ser tida em cuidadosa consideração. IR 20 1 Desde o início, nossa obra teve caráter empreendedor. Reduzido era o nosso número, e em sua maior parte procedente das classes pobres. Nossas idéias eram quase desconhecidas do mundo. Não tínhamos casas de culto, possuíamos poucas publicações, e reduzidíssimas facilidades para levar avante a nossa obra. As ovelhas estavam esparsas pelas estradas e caminhos, nas cidades, aldeias e matas. Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus eram a nossa mensagem. Unidade de fé e de doutrina IR 20 2 Meu esposo, juntamente com os Pastores José Bates, Stephen Pierce, Hiram Edson, e outros que eram fervorosos, nobres e fiéis, estavam entre os que, depois da passagem do tempo em 1844, buscaram a verdade como a um tesouro escondido. IR 20 3 Reuníamo-nos sentindo angústia d'alma, a fim de orar para que fôssemos um na fé e doutrina; pois sabíamos que Cristo não está dividido. Cada vez tomávamos um ponto para assunto de nossa investigação. Abriam-se as Escrituras com sentimento de temor. Jejuávamos freqüentemente, a fim de pôr-nos em melhor disposição para compreender a verdade. Se depois de fervorosa oração, não compreendíamos algum ponto, nós o discutíamos, e cada qual exprimia livremente sua opinião. De novo então nos curvávamos em oração, e ardentes súplicas ascendiam ao Céu para que Deus nos ajudasse a ver duma mesma maneira, para que fôssemos um, como Cristo e o Pai são um. Muitas lágrimas eram derramadas. IR 21 1 Assim passávamos muitas horas. Algumas vezes passávamos a noite toda em solene investigação das Escrituras, para que pudéssemos compreender a verdade para o nosso tempo. Em algumas ocasiões o Espírito de Deus descia sobre mim, e porções difíceis eram esclarecidas pelo modo indicado por Deus, e havia então perfeita harmonia. Éramos todos de um mesmo pensamento e espírito. IR 21 2 Procurávamos muito ansiosamente que as Escrituras não fossem torcidas para adaptarem-se às opiniões de qualquer pessoa. Procurávamos fazer com que nossas divergências de opinião fossem tão pequenas quanto possível, não insistindo nós sobre pontos que eram de menos importância, a respeito dos quais havia opiniões divergentes. A preocupação de toda alma, porém, era promover entre os irmãos uma condição que correspondesse à oração de Cristo para que Seus discípulos pudessem ser um, assim como o são Ele e o Pai. IR 21 3 Algumas vezes um ou dois irmãos obstinadamente se opunham à opinião apresentada, e agiam de acordo com os sentimentos naturais do coração; quando, porém, tal disposição aparecia, suspendíamos nossas investigações e adiávamos a reunião, para que cada um tivesse a oportunidade de buscar a Deus em oração, e sem consultar com outrem estudasse o ponto de divergência, rogando luz do Céu. Com expressões de amizade nos despedíamos, para de novo reunirmo-nos tão breve quanto possível, para mais investigações. Por vezes o poder de Deus descia sobre nós de uma maneira assinalada, e, quando a clara luz revelava os pontos da verdade, chorávamos e regozijávamo-nos juntamente. Amávamos a Jesus, e amávamo-nos uns aos outros. A adoção da ordem eclesiástica IR 21 4 O nosso número aumentava gradualmente. A semente lançada era regada por Deus, que a fazia crescer. A princípio reuníamo-nos para o culto e apresentávamos a verdade àqueles que vinham para ouvir, em casas particulares, em celeiros, bosques, e edifícios escolares; não demorou muito tempo, porém, sem que pudéssemos construir humildes casas de oração. IR 22 1 Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção do ministério, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os ministros, para a conservação das propriedades da igreja, para publicação da verdade pela imprensa e para muitos outros fins. IR 22 2 Havia, no entanto, entre nosso povo, um forte sentimento contrário à organização. Os adventistas do primeiro dia opunham-se à organização, e a maior parte dos adventistas do sétimo dia, entretinham as mesmas idéias. Buscamos o Senhor em oração fervorosa para que pudéssemos compreender Sua vontade; e Seu Espírito nos iluminou, mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e que era essencial a organização. Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra. Lançando-se a novos empreendimentos IR 22 3 Tivemos uma árdua luta para estabelecer a organização. Apesar de o Senhor dar testemunho após testemunho a tal respeito, a oposição era forte, e teve de ser enfrentada repetidas vezes. Sabíamos, porém, que o Senhor Deus de Israel nos estava dirigindo e guiando pela Sua providência. Empenhamo-nos na obra da organização, e uma evidente prosperidade acompanhou esse movimento progressista. IR 23 1 Como o desenvolvimento da obra nos impelisse a novos empreendimentos, dispusemo-nos a começá-los. O Senhor nos dirigiu o espírito para a importância da obra educativa. Vimos a necessidade de escolas, para que nossos filhos pudessem receber instrução isenta dos erros da falsa filosofia, e para que sua educação estivesse em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. A necessidade de instituições de saúde fora-nos encarecida, para auxílio e instrução de nosso próprio povo, e como meio de beneficiar e esclarecer a outros. Este empreendimento foi também levado avante. Tudo isto era obra missionária da mais elevada espécie. Os resultados do esforço conjunto IR 23 2 A nossa obra não era mantida por grandes donativos ou legados; pois tínhamos poucos homens abastados entre nós. Qual é o segredo de nossa prosperidade? Temo-nos movido sob as ordens do Príncipe de nossa salvação. Deus nos tem abençoado os esforços unidos. A verdade tem-se espalhado e florescido. Têm-se multiplicado as instituições. A semente de mostarda cresceu até tornar-se uma grande árvore. O sistema de organização alcançou êxito grandioso. Foi adotada a contribuição sistemática segundo o plano bíblico. O corpo foi "ligado pelo auxílio de todas as juntas". Na medida do avanço feito, ficou provado ser eficiente o nosso sistema de organização. IR 23 3 Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. O erguimento desta estrutura custou-nos muito estudo e orações em que rogávamos sabedoria, e as quais sabemos que Deus ouviu. Ela foi edificada por Sua direção, por meio de muito sacrifício e lutas. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que nem é possível imaginar-se. Em nome do Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida, robustecida e consolidada. Ao mando de Deus: "Ide", avançamos, quando as dificuldades a serem superadas faziam com que o avanço parecesse impossível. Sabemos quanto custou no passado executar os planos de Deus, que fizeram de nós o povo que somos. Portanto, cada um tenha o máximo cuidado para não conturbar a mente no tocante a estas coisas que Deus ordenou para a nossa prosperidade e êxito no avançamento de Sua causa. IR 24 1 Os anjos trabalham harmonicamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem da hoste angélica, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Afastar-se-ão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços promoverão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Mas nunca, jamais estes mensageiros celestes sancionarão a irregularidade, a desorganização e a desordem. Todos estes males são o resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer-nos as forças, para destruir-nos a coragem e evitar a ação bem-sucedida. IR 25 2 Satanás bem sabe que o sucesso apenas pode acompanhar a ação ordenada e harmoniosa. Bem sabe que tudo que se relaciona com o Céu se acha em perfeita ordem, e que sujeição e disciplina perfeita caracterizam os movimentos da hoste angélica. Ele estuda e faz esforços para levar os cristãos professos o mais longe possível da disposição ordenada por Deus; portanto, engana até o povo professo de Deus, e faz-lhes crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade; que a única segurança para eles consiste em seguir cada qual o seu próprio rumo e de maneira especial permanecer separados das corporações de cristãos que andam unidos, e trabalham para estabelecer a disciplina e a harmonia de ação. Todos os esforços feitos para se estabelecer a ordem são considerados perigosos, tidos como a restrição da legítima liberdade, e, por isso são temidos como se fossem um arremedo do papismo. Estas dedicadas almas consideram virtude o jactar-se de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Não atendem a nenhum parecer de outrem. Não se deixam ensinar por quem quer que seja. Foi-me mostrado que a obra especial de Satanás é induzir os homens a crer que Deus lhes ordena agirem por si mesmos, e escolherem seu próprio caminho, independentemente de seus irmãos. IR 25 1 Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna -- os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo fé e opiniões inteiramente opostas, e movendo-se cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade de dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas idéias então aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levanta, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé comum, onde estará aquela concórdia que existia entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre Seus irmãos, Cristo orou? Responsabilidade individual e unidade cristã IR 26 1 Posto que tenhamos uma obra individual, e individual responsabilidade perante Deus, não devemos seguir nosso próprio critério independentemente, sem tomar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos; pois tal proceder acarretaria a desordem na igreja. É dever dos ministros respeitarem o discernimento de seus irmãos; mas suas relações mútuas, assim como as doutrinas que ensinam, devem ser submetidas à prova da lei e do testemunho; se, então, os corações forem dóceis, não haverá divisão entre nós. Alguns se inclinam a ser desordenados, e apartam-se dos grandes marcos da fé; mas Deus está atuando em Seus ministros para que sejam um na doutrina e no espírito. IR 26 2 É necessário que nossa unidade hoje seja de caráter tal que resista à prova. ... Temos muitas lições para aprender e muitíssimas para desaprender. Tão-somente Deus e o Céu, são infalíveis. Quem acha que nunca terá de abandonar uma opinião formada, e nunca terá ocasião de mudar de critério, será decepcionado. Enquanto nos apegarmos obstinadamente às nossas próprias idéias e opiniões, não poderemos ter a unidade pela qual Cristo orou. IR 26 3 Quando um irmão recebe nova luz sobre as Escrituras, deve expor francamente sua maneira de entender, e todo ministro deve investigar as Escrituras com espírito de singeleza, a fim de ver se os pontos apresentados podem ser confirmados pela Palavra inspirada. "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." 2 Timóteo 2:24, 25. Que coisas Deus tem obrado! IR 27 1 Passando em revista a nossa história, percorrendo todos os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: "Louvado seja Deus!" Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos do caminho pelo qual Deus nos conduziu. IR 27 2 Somos agora um povo forte, se pomos nossa confiança no Senhor, pois estamos a tratar com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos a agradecer. Se andamos na luz, à medida que ela resplandece sobre nós, procedente dos vivos oráculos de Deus, teremos grandes responsabilidades, correspondentes à grande luz a nós conferida por Deus. Temos muitos deveres a cumprir, porque fomos feitos depositários da verdade sagrada, a ser dada ao mundo em toda a sua beleza e glória. Somos devedores a Deus por todas as regalias que Ele nos confiou para embelezarmos a verdade com a santidade de nosso caráter, e para comunicarmos a mensagem de exortação, consolo, esperança e amor, àqueles que estão nas trevas do erro e pecado. IR 27 3 Graças a Deus pelo que já tem sido feito no sentido de prover aos nossos jovens oportunidades para a educação religiosa e intelectual. Muitos têm sido instruídos para desempenhar uma parte nos vários ramos da obra, não somente na América, mas nos campos estrangeiros. O prelo tem fornecido a literatura que difunde extensamente o conhecimento da verdade. Todos os donativos que, quais regatos, têm avolumado o afluxo das contribuições, devem ser para nós justo motivo de gratidão a Deus. IR 28 1 Temos hoje um exército de jovens que, se for convenientemente dirigido e animado, muito poderá fazer. Necessitamos que nossos filhos creiam na verdade. Desejamos que sejam abençoados por Deus. Queremos que desempenhem uma parte em bem organizados planos para auxiliarem outros jovens. Sejam todos eles de tal maneira preparados que possam corretamente representar a verdade, dando a razão da esperança que neles há, e honrando a Deus em qualquer ramo da obra para o qual estiverem habilitados!... IR 28 2 Como discípulos de Cristo, temos o dever de difundir a luz que sabemos faltar ao mundo. Que o povo de Deus "enriqueça em boas obras, reparta de boa mente, e seja comunicável; que entesoure para si mesmo um bom fundamento para o futuro, para que possa alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:18, 19. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 24-32. ------------------------Capítulo 4 -- O acusador e seu trabalho IR 29 1 Muito me entristeci ao ler o folheto publicado pelo irmão S. e pelos que com ele se associam na obra que está fazendo. Sem meu consentimento, têm eles feito seleções dos Testemunhos e as inseriram no folheto que publicaram, para dar a aparência de que meus escritos apóiam e aprovam a posição que advogam. Ao fazê-lo, fazem o que nem é justo nem correto. Ao tomarem desautorizadas liberdades, apresentam ao povo uma teoria que engana e destrói. Em tempos passados, muitos outros fizeram a mesma coisa, e deram a parecer que os Testemunhos apoiavam posições que eram insustentáveis e falsas. IR 30 1 Tenho recebido luz no sentido de que a posição assumida pelo irmão S. e seus simpatizantes não é verdadeira, mas um dos "eis aqui" e "eis ali" que caracterizam os dias em que vivemos. Como exemplo da maneira como o irmão S. compilou este folheto, relatarei o seguinte incidente: Escrevi uma carta particular a um de nossos ministros, e de maneira bondosa, pensando que isso seria um auxílio ao irmão S., esse irmão lhe enviou uma cópia dela, mas em vez de a considerar como uma questão para o seu auxílio pessoal, ele imprime porções dela num panfleto, como Testemunho não publicado, para apoiar a posição que ele assumira. É isso honroso? Nada há no Testemunho para apoiar a posição mantida pelo irmão S.; mas ele faz mau uso disto, como muitos fazem com as Escrituras, para prejuízo de sua própria alma e da dos outros. Deus julgará os que tomam desautorizada liberdade fazendo uso de meios desonrosos com o fim de dar caráter e influência àquilo que eles consideram como sendo uma verdade. Usando uma carta particular enviada a outra pessoa, abusa o irmão S. dos bondosos esforços envidados por alguém que o desejava ajudar. As facções que publicaram o folheto sobre o Alto Clamor, e a queda de todas as igrejas, evidenciam que o Espírito Santo de Deus não está operando com eles. "Por seus frutos os conhecereis." IR 30 2 Os que recebem os folhetos que advogam essa falsa posição, terão a impressão de que eu a apóio, e de que estou unida com esses obreiros na proclamação daquilo que eles chamam a "nova luz". Sei que sua mensagem está misturada com a verdade, mas a verdade é mal aplicada e torcida pela sua ligação com o erro. Quero dizer ao irmão que enviou a esses homens a cópia da carta que eu lhe escrevi, que não tenho nenhum pensamento de censurá-lo, e ninguém deve fazer-lhe a mínima censura quanto a este assunto. Se eu fizesse um mau juízo e o censurasse, quando seus motivos e intenções eram bons, incorreria no desagrado de Deus. Se o irmão que ele desejou ajudar tomou liberdades, e traiu a sua confiança, não censure a si mesmo, nem se aflija pelos resultados da infidelidade dele. Instrução aos discípulos IR 31 1 Há questões nos Testemunhos escritos que não são para o mundo em geral, mas para os crentes filhos de Deus, e não é próprio tornar públicos para o mundo instruções, advertências, reprovações ou conselhos dessa espécie. O Redentor do mundo, o Enviado de Deus, o maior Mestre que os filhos dos homens já conheceram, apresentou algumas questões instrutivas, não para o mundo, mas somente para os Seus discípulos. Embora tivesse mensagens destinadas às grandes multidões que O acompanhavam, também tinha alguma luz e instrução especial a comunicar aos Seus seguidores, as quais não comunicava à grande congregação, visto que elas nem seriam por ela compreendidas nem apreciadas. Enviou Seus discípulos a pregar, e ao voltarem de seu primeiro trabalho missionário, e terem várias experiências a relatar quanto a seu êxito na pregação do evangelho do reino de Deus, Ele lhes disse: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." Num lugar de reclusão comunicou Jesus a Seus discípulos as instruções, conselhos, avisos e correções que Ele viu serem necessários na sua espécie de trabalho; mas a instrução que então lhes deu não devia ser lançada a esmo ao grupo promíscuo, pois Suas palavras se destinavam apenas aos Seus discípulos. IR 31 2 Em várias ocasiões em que o Senhor operara obras de cura, ordenou Ele àqueles a quem abençoara que a ninguém contassem o que fizera. Devem eles ter ouvido Suas exortações e reconhecido que Cristo não exigira levianamente silêncio de sua parte, mas tinha uma razão para Sua ordem, e de modo algum deviam ter desrespeitado o Seu expresso desejo. Deveria ter-lhes sido suficiente saber que Ele desejava que observassem o seu próprio conselho, e que tinha boas razões para Seu premente pedido. Sabia o Senhor que ao curar o enfermo, ao operar milagres para restaurar a vista dos cegos, e para a purificação do leproso, punha em perigo Sua própria vida, pois se os sacerdotes e príncipes não aceitassem as evidências de Sua missão divina que Ele lhes deu, haveriam de interpretar mal, dizer falsidades e fazer acusações contra Ele. É verdade que Ele fez abertamente muitos milagres, contudo, em muitos casos, pediu àqueles a quem abençoara que não contassem a ninguém o que por eles fizera. Ao se levantar o preconceito, ao serem alimentados a inveja e o ciúme, e Seu caminho embargado, abandonou as cidades e foi à procura dos que ouviriam a verdade que Ele veio transmitir e a apreciariam. IR 32 1 O Senhor Jesus achou necessário esclarecer muitas coisas aos discípulos, coisas essas que Ele não revelou às multidões. Tornou-lhes claramente manifestas as razões do ódio demonstrado para com eles pelos escribas, fariseus e sacerdotes, e lhes falou de Seu sofrimento, traição e morte. Mas para o mundo não tornou tão claras essas questões. Tinha advertências a dar a Seus seguidores, e diante deles desdobrou os tristes acontecimentos que haviam de ocorrer, e o que eles deviam esperar. Deu a Seus seguidores preciosa instrução que até nem mesmo eles compreenderam senão depois de Sua morte, ressurreição e ascensão. Ao ser o Espírito Santo derramado sobre eles, todas essas coisas foram-lhes trazidas à lembrança, tudo o que ele lhes dissera. Traição da confiança IR 33 1 Era uma traição da sagrada confiança tomar aquilo que Jesus determinara que fosse conservado em segredo e publicá-lo aos outros, trazendo sobre a causa da verdade vitupério e prejuízo. O Senhor deu a Seu povo apropriadas mensagens de advertência, repreensão, conselho e instrução, mas não é próprio tirar essas mensagens de sua conexão, e pô-las onde pareçam reforçar mensagens do erro. No folheto publicado pelo irmão S. e seus companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser Babilônia, e insiste em que haja uma separação da igreja. Esta é uma obra que não é honrosa nem justa. Compondo aquele folheto, serviram-se de meu nome e de meus escritos para apoio do que eu desaprovo e denuncio como erro. O povo a quem esse folheto chegar às mãos, acusar-me-á a mim da responsabilidade dessa falsa atitude, quando ela é completamente contrária aos ensinos de meus escritos e da luz que Deus me deu. Não hesito em dizer que os que insistem nessa obra estão muito enganados. Uma falsa mensagem IR 33 2 Desde anos tenho apresentado meu testemunho dizendo que, em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz e não obstante advogando a demolição daquilo que o Senhor por Seus agentes humanos tem estado a edificar, acham-se eles muito enganados, e não trabalham em cooperação com Cristo. Aqueles que afirmam que as igrejas adventistas do sétimo dia constituem Babilônia, ou qualquer parte de Babilônia, deveriam antes ficar em casa. Que eles se detenham e considerem qual é a mensagem que deve ser pregada presentemente. Em vez de trabalhar com meios divinos para preparar um povo que subsista no dia do Senhor, eles se puseram ao lado daquele que é um acusador dos irmãos, que os acusa dia e noite perante Deus. Agentes satânicos têm vindo das profundezas, inspirando os homens a unir-se numa confederação do mal, para perturbar e hostilizar o povo de Deus, causando-lhe grande aflição. O mundo todo há de ser excitado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo. As acusações de Satanás IR 34 1 Ao profeta foi apresentada a cena da acusação feita por Satanás. Diz ele: "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se Lhe opor." Jesus é o nosso grande Sumo Sacerdote no Céu. E que faz Ele? -- Faz intercessão e expiação por Seu povo que nEle crê. Pela Sua justiça imputada, são aceitos por Deus, como sendo aqueles que estão manifestando ao mundo que reconhecem a fidelidade a Deus, observando todos os Seus mandamentos. Satanás está cheio de maligno ódio contra eles, e para com eles manifesta o mesmo espírito que manifestou para com Jesus Cristo quando Este estava na Terra. Quando Jesus estava perante Pilatos, o governador romano procurou soltá-Lo, e desejou que o povo escolhesse libertar Jesus da prova pela qual estava prestes a passar. Apresentou à multidão que clamava o Filho de Deus e o criminoso Barrabás, e perguntou: "Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado o Cristo?" "E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado." IR 34 2 O mundo foi instigado pela inimizade de Satanás, e quando lhe pediram que escolhesse entre o Filho de Deus e o criminoso Barrabás, escolheram um ladrão em vez de Jesus. As multidões ignorantes foram levadas pelo raciocínio enganoso dos que estavam em posição elevada, a rejeitar o Filho de Deus e a escolher em Seu lugar um ladrão e assassino. Lembremo-nos todos de que ainda estamos num mundo em que Jesus, o Filho de Deus, foi rejeitado e crucificado, em que ainda repousa a culpa de desprezar a Cristo e preferir um ladrão ao imaculado Filho de Deus. A menos que individualmente nos arrependamos diante de Deus devido à transgressão de Sua lei, e exerçamos fé em nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o mundo tem rejeitado, estaremos sob a absoluta condenação que cabe ao ato de escolher a Barrabás em vez de Cristo. Todo o mundo está hoje sob a acusação de deliberada rejeição e assassínio do Filho de Deus. A Palavra de Deus registra que judeus e gentios, reis, governadores, ministros, sacerdotes, e o povo -- todas as classes e seitas que revelam o mesmo espírito de inveja, ódio, preconceito e descrença manifestados pelos que levaram à morte o Filho de Deus -- caso lhes fosse concedida a oportunidade, desempenhariam a mesma parte desempenhada pelos judeus e pelo povo do tempo de Cristo. Participariam do mesmo espírito que exigiu a morte do Filho de Deus. IR 35 1 Na cena que representa a obra de Cristo em nosso favor, e a determinada acusação de Satanás contra nós, Josué figura como sumo sacerdote e roga em favor do povo que guarda os mandamentos de Deus. Ao mesmo tempo, Satanás apresenta o povo de Deus como sendo grandes pecadores, e apresenta diante de Deus a lista dos pecados que ele os tentou a cometer durante toda a vida, e insiste em que devido às suas transgressões sejam eles entregues nas suas mãos para serem destruídos. Insiste em que não sejam protegidos pelos anjos ministradores contra a confederação do mal. Está enfurecido porque não pode unir o povo de Deus nos laços do mundo, para lhe prestar completa obediência. Reis, legisladores e governadores têm colocado sobre si o estigma do anticristo, e são representados pelo dragão que sai a guerrear contra os santos -- contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. Em sua inimizade contra o povo de Deus, também se revelam culpados da escolha de Barrabás em vez de Cristo. O mundo é chamado às contas IR 36 1 Deus tem uma controvérsia contra o mundo. Quando se assentar o Juízo, e se abrirem os livros, terá Ele terríveis contas a ajustar, o que faria agora o mundo temer e tremer, não estivessem os homens cegados e enfeitiçados pelas ilusões e enganos satânicos. Deus pedirá contas ao mundo da morte de Seu Filho Unigênito a quem, em todos os intentos e propósitos o mundo crucifica de novo, e expõe ao opróbrio, ao perseguir o Seu povo. O mundo tem rejeitado a Cristo na pessoa de Seus santos, tem desprezado Suas mensagens ao recusar receber as mensagens dos profetas, apóstolos e mensageiros. Tem rejeitado os que são colaboradores de Cristo, e disso terá de dar contas. O acusador repreendido IR 36 2 Satanás está à testa de todos os acusadores dos irmãos; mas ao apresentar ele os pecados do povo de Deus, que lhe responde o Senhor? Diz: "O Senhor te repreende; [não a Josué que é o representante do experimentado e escolhido povo de Deus, mas], ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: Não é este um tição tirado do fogo? Ora Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo." Satanás representara o escolhido e leal povo de Deus como estando cheio de corrupção e pecado. Podia descrever os pecados específicos de que se haviam tornado culpados. Não havia ele posto em ação toda a confederação do mal para levá-los a esses mesmos pecados, por meio de suas artes sedutoras? Mas tinham-se arrependido. Haviam aceito a justiça de Cristo. Estavam, portanto, diante de Deus trajando as vestes da justiça de Cristo, e "então falando, ordenou aos que estavam diante dEle, dizendo: tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." Todo o pecado de que haviam sido culpados estava perdoado, e eles estavam diante de Deus como escolhidos e verdadeiros, como inocentes, como perfeitos, como se nunca tivessem pecado. A palavra encorajadora IR 37 1 "E disse Eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram [os anjos de Deus] uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos: e o Anjo do Senhor [Jesus seu Redentor] estava ali. E o Anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos, e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa, e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Gostaria que todos os que dizem crer na verdade presente, pensassem seriamente nas coisas maravilhosas apresentadas neste capítulo. Embora o povo de Deus seja débil e cercado de fraquezas, os que se voltam da deslealdade para com Deus nesta geração ímpia e perversa, e retornam à lealdade, permanecendo firmes na vindicação da lei de Deus, tapando a brecha feita pelo homem do pecado sob a direção de Satanás, serão considerados filhos de Deus, e pela justiça de Cristo estarão perfeitos diante de Deus. A verdade não jazerá sempre no pó para ser espezinhada pelos homens. Será magnificada e feita honrosa; ainda se levantará e brilhará em todo o seu natural esplendor e permanecerá firme para sempre e sempre. -- The Review and Herald, 29 de Agosto de 1893. Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 32-41. ------------------------Capítulo 5 -- A igreja não é Babilônia IR 38 1 Deus tem um povo em que todo o Céu se acha interessado, e eles são o único objeto na Terra, precioso ao coração de Deus. Que todos os que lerem estas palavras lhes dêem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado. A mensagem contida no folheto intitulado O Alto Clamor, é um engano. Semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa; pois não estão cheias de luz, mas de trevas. Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o povo de Deus, e estas mensagens serão proclamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu povo: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a Terra e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo e a Sua glória se verá sobre ti." Uma obra de engano IR 38 2 Ver-se-á que estes que proclamam mensagens falsas não terão um alto senso de honra e integridade. Enganarão o povo, e porão de mistura com o erro os Testemunhos da irmã White, servindo-se de seu nome para dar influência à sua obra. Escolhem dos Testemunhos certos trechos que acham que podem ser torcidos de modo a apoiar sua atitude e os põem numa moldura de falsidade, para que o seu erro tenha peso e seja aceito pelo povo. Dão falsa interpretação e aplicam mal o que Deus deu à igreja para advertir, aconselhar, reprovar, confortar e animar os que constituirão o povo remanescente de Deus. Os que acolhem os Testemunhos como a mensagem de Deus, são por eles abençoados e auxiliados; mas os que os fragmentam, simplesmente para apoiar alguma teoria ou idéia pessoal, para defender um procedimento errado, não serão abençoados e beneficiados por aquilo que ensinam. Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilônia, é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite perante Deus. Por esse mau emprego dos Testemunhos, almas são levadas à perplexidade, porque não podem compreender a relação dos Testemunhos para com a atitude assumida pelos que se acham no erro; pois Deus deseja que os Testemunhos estejam sempre emoldurados na verdade. IR 39 1 Os que advogam o erro dirão: "O Senhor diz", "quando o Senhor não falou". Testificam em favor da falsidade, e não da verdade. Se os que têm proclamado a mensagem de que a igreja é Babilônia tivessem empregado o dinheiro gasto na publicação e circulação desse erro, em edificar, em vez de demolir, teriam tornado evidente serem eles o povo que Deus está guiando. IR 39 2 Há uma grande obra a ser feita no mundo, uma grande obra a ser feita nos campos estrangeiros. Têm de ser estabelecidas escolas para que a mocidade, as crianças e os de idade madura, possam ser educados o mais rápido possível para entrar nos campos missionários. Há necessidade, não só de ministros para campos estrangeiros, mas de sábios, judiciosos obreiros de todas as espécies. De todas as partes do mundo soa o clamor macedônico: "Passa, e ajuda-nos!" Recaindo sobre nós, como recai, toda a responsabilidade de ir e pregar o evangelho a toda a criatura, grande é a necessidade de homens e recursos, e Satanás opera de todos os modos concebíveis para deter os meios e impedir os homens de se empenharem na obra que deveriam estar a fazer. O dinheiro que deveria ser empregado em fazer a boa obra de construir casas de adoração, e estabelecer escolas com o fim de educar obreiros para o campo missionário, preparar moços e moças, habilitando-os a sair e trabalhar pacientemente, inteligentemente e com toda a perseverança a fim de que sejam agentes por meio dos quais possa ser preparado um povo que subsista no grande dia de Deus, esse dinheiro é desviado de seu curso de utilidade e bênção, para um curso de dano e maldição. IR 40 1 O grande dia de Deus está prestes a nos sobrevir e se apressa muito, e há uma grande obra a fazer e esta deve ser feita com rapidez. Mas vemos que em meio ao trabalho que deve ser feito, há os que professando crer na verdade presente, não sabem como gastar os meios que lhes são confiados, e devido à falta de um coração manso e humilde não vêem quão grande é a obra a fazer. Todos os que aprendem de Jesus serão cooperadores de Deus, mas os que saem a proclamar erros, despendendo tempo e dinheiro num trabalho vão, colocam sobre os verdadeiros obreiros que estão em novos campos crescente responsabilidade, pois em vez de dedicarem seu tempo a advogar a verdade, são obrigados a anular a obra daqueles que estão proclamando falsidades e pretendendo ter a mensagem do Céu. IR 40 2 Se os que têm feito esta espécie de trabalho tivessem sentido a necessidade de atender à oração que Cristo fez a Seu Pai justamente antes de Sua crucifixão -- que os discípulos de Cristo fossem um como Ele e o Pai eram um, não estariam desperdiçando os meios que lhes foram confiados e que são tão necessários ao avanço da verdade. Não estariam gastando precioso tempo e habilidade na disseminação do erro, necessitando assim de que o tempo do obreiro seja dedicado à anulação e extinção de sua influência. Trabalho dessa espécie não tem a inspiração de cima, mas de baixo. IR 41 1 "Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus. Eis todos vós, que acendeis fogo e vos cingis com faíscas: Andai entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas que acendestes: isto vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." A mensagem dada por aqueles que proclamam que a igreja é Babilônia tem dado a impressão de que Deus não tem uma igreja na Terra. Uma igreja viva IR 41 2 Não tem Deus uma igreja viva? Ele tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante. Entristecemo-nos de que haja membros defeituosos, de que haja joio no meio do trigo. Jesus disse: "O reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no meio do campo, mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente, por que tem então joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: Não: para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro." IR 42 1 Na parábola do trigo e do joio, vemos a razão de o joio não ser arrancado; era para que o trigo não fosse desarraigado também com o joio. A opinião e o juízo humanos ocasionariam graves erros. Mas para que não se cometesse um erro e uma simples haste de trigo fosse desarraigada, diz o Mestre: "Deixai crescer ambos juntos até a ceifa"; então os anjos arrancarão o joio, que será destinado à destruição. Conquanto em nossas igrejas, que pretendem crer em verdades avançadas, haja pessoas em faltas e erros, como o joio em meio do trigo, Deus é longânimo e paciente. Ele reprova e adverte o errante, mas não destrói os que são vagarosos em aprender a lição que lhes quer ensinar; Ele não desarraiga o joio do meio do trigo. O joio e o trigo devem crescer juntos até a ceifa; quando o trigo chegar ao seu completo desenvolvimento, e pelo caráter que apresentar quando amadurecido, ele se distinguirá perfeitamente do joio. IR 42 2 A igreja de Cristo na Terra será imperfeita, mas Deus não destrói Sua igreja por causa de sua imperfeição. Tem havido e haverá os que se acham possuídos de zelo mas não com entendimento, os quais desejam purificar a igreja e desarraigar o joio do meio do trigo. Mas Cristo proveu luz especial quanto à maneira de tratar os que erram, e os inconversos na igreja. Não devem os membros da igreja tomar alguma resolução espasmódica, zelosa, precipitada, ao excluir os que eles porventura considerem de caráter defeituoso. O joio aparecerá entre o trigo; mas causaria maior dano extirpá-lo -- a menos que fosse do modo designado por Deus -- do que deixá-lo crescer. Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a igreja os verdadeiramente convertidos, Satanás traz para sua comunhão pessoas não convertidas. Enquanto Cristo semeia a boa semente, Satanás semeia o joio. Duas influências oponentes se exercem continuamente sobre os membros da igreja. Uma influência opera a favor da purificação da igreja, e a outra a favor da corrupção do povo de Deus. IR 43 1 Jesus sabia que Judas tinha defeitos de caráter, mas não obstante Ele o aceitou como discípulo e proporcionou-lhe os mesmos privilégios e oportunidades que proporcionara aos outros, que escolhera. Judas ficou sem desculpa para o mal que depois seguiu. Ele poderia ter-se tornado um agente da Palavra, como foram depois Pedro, Tiago e João, e os outros discípulos. Jesus ministrou preciosas lições de instrução, de modo que os que com Ele se associavam poderiam ter-se convertido, não tendo necessidade de apegar-se aos defeitos que lhes manchavam o caráter. -- The Review and Herald, 29 de Agosto e 5 de Setembro de 1893. Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 41-47. ------------------------Capítulo 6 -- A igreja militante IR 43 2 Algumas pessoas parecem pensar que ao entrar na igreja ser-lhes-ão cumpridas as expectativas, e só encontrarão os que são puros e perfeitos. São zelosas na fé, e ao verem faltas nos membros da igreja, dizem: "Abandonamos o mundo para não nos associarmos com caracteres maus, mas aqui também está o mal"; e perguntam, como os servos da parábola: "Por que tem então joio?" Mas não precisamos ficar assim desapontados, pois o Senhor não nos autorizou a chegar à conclusão de que a igreja é perfeita; e todo o nosso zelo não terá êxito em tornar a igreja militante tão pura como a igreja triunfante. O Senhor nos proíbe proceder de qualquer maneira violenta contra aqueles que julgamos estarem em erro, e não devemos espalhar excomunhões e denúncias contra os que estão em falta. IR 44 1 O homem finito é propenso a julgar mal o caráter, mas Deus não deixou a obra de julgar e de fazer pronunciamentos sobre o caráter com aqueles que não estão preparados para isto. Não devemos dizer o que constitui o trigo e o que constitui o joio. O tempo da colheita determinará completamente o caráter das duas classes especificadas sob a figura de joio e de trigo. A obra de separação é dada aos anjos de Deus, e não entregue nas mãos de qualquer homem. IR 44 2 A falsa doutrina é uma das influências satânicas que opera na igreja, e para ela traz aqueles cujo coração não está convertido. Os homens não obedecem às palavras de Jesus Cristo, buscando assim a unidade na fé, no espírito e na doutrina. Não pelejam pela unidade do espírito pela qual Cristo orou e que tornaria o testemunho dos discípulos de Cristo eficiente em convencer o mundo de que Deus enviara Seu Filho ao mundo, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Se entre os filhos de Deus houvesse a união por que Cristo orou, dariam eles um testemunho vivo, e irradiariam resplendente luz que brilhasse entre as trevas morais do mundo. A Satanás é permitido tentar IR 44 3 Em vez da unidade que devia existir entre os crentes, há desunião; pois a Satanás é permitido entrar e pelos seus capciosos enganos e ilusões leva ele, os que de Cristo não estão aprendendo a mansidão e humildade de coração, a seguir um rumo diferente da igreja, e, se possível, a quebrar-lhe a união. Levantam-se homens que falam coisas perversas para atrair discípulos para si. Pretendem que Deus lhes deu grande luz, mas como agem sob sua influência? Seguem eles a atitude assumida pelos dois discípulos na viagem para Emaús? Ao receberem a luz, voltaram e foram ao encontro daqueles a quem Deus guiara e ainda estava guiando, e lhes contaram como haviam visto a Jesus e com Ele tinham falado. IR 45 1 Têm assumido tal atitude os homens que pretendem ter luz quanto à igreja? Têm-se eles dirigido aos escolhidos de Deus para dar um testemunho vivo, e dar-lhes evidências de que esta luz melhor os habilitaria a preparar um povo para subsistir no grande dia de Deus? Têm eles buscado conselho dos que deram e ainda estão dando a verdade, transmitindo ao mundo a última mensagem de advertência? Têm-se eles aconselhado com os que têm tido profunda experiência nas coisas de Deus? Por que esses homens, tão cheios de zelo pela causa, não estiveram presentes na reunião da Associação Geral realizada em Battle Creek, como os devotos homens estiveram em Jerusalém por ocasião do derramamento do Espírito Santo? No grande coração da obra homens abriram seus tesouros de luz; e enquanto o Senhor derramava Seu Espírito sobre o povo receberam esses homens a unção celestial? Enquanto se manifestavam entre o povo profundos toques do Espírito de Deus e almas eram convertidas e corações endurecidos quebrantados, havia os que davam ouvidos às sugestões de Satanás, e estes eram inspirados com zelo que vem de baixo, para saírem proclamando que o próprio povo que estava recebendo o Espírito Santo, e que devia receber a chuva serôdia e a glória que deve iluminar todo o mundo, era Babilônia. Deu o Senhor a esses mensageiros sua mensagem? -- Não; pois essa não era uma mensagem verdadeira. A igreja é a luz do mundo IR 45 2 Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. O mundo é uma oficina em que pela cooperação de agentes humanos e divinos, Jesus está, por Sua graça e divina misericórdia, fazendo experiências em corações humanos. Os anjos ficam admirados ao ver a transformação de caráter efetuada nos que se entregam a Deus, e exprimem sua alegria em cânticos de arrebatado louvor a Deus e ao Cordeiro. Eles vêem os que por natureza são filhos da ira, convertidos, e tornando-se cooperadores de Cristo na obra de atrair almas para Deus. Vêem os que estavam em trevas tornando-se luzes a brilhar em meio da noite moral desta geração ímpia e perversa. Vêem-nos preparar-se por uma experiência semelhante à de Cristo, a fim de sofrer com seu Senhor, e ser depois participantes com Ele das glórias do Céu. IR 46 1 Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com Sua glória. A oração de Cristo, de que a igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação. Uma obra de demolição IR 46 2 No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados; e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos. Será possível que dentre nós se levantem homens que falem coisas perversas, propagando os mesmos sentimentos que Satanás deseja ver disseminados no mundo, com referência aos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus? Porventura não há trabalho bastante para satisfazer vosso zelo na apresentação da verdade aos que se acham nas trevas do erro? Como os que foram constituídos mordomos de haveres e habilidades, tendes empregado mal os bens do vosso Senhor, disseminando o erro. Todo o mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da lei de Deus, e a igreja que for leal a Jeová terá de empenhar-se num conflito mais que ordinário. "Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas com todas as suas forças hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal. IR 47 1 Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derribar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não creiais neles. Estão-se aliando com os inimigos de Deus e da verdade. Porão a ridículo a ordem estabelecida no ministério, considerando-a um sistema eclesiástico imperialista. Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com sua mensagem por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se. Não os recebais; pois Deus não os incumbiu dessa obra. O resultado de semelhante obra será incredulidade nos Testemunhos, e nos limites do possível, tornarão sem efeito a obra que por anos tenho estado a fazer. IR 48 1 Quase toda minha vida tem sido dedicada a esta obra, mas meu encargo muitas vezes se tem tornado mais pesado pelo surgimento de homens que saíram a proclamar uma mensagem que Deus não lhes dera. Esta classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de dar prestígio a seus testemunhos falsos. Quando se tornar manifesto que sua mensagem é um erro, então os Testemunhos postos na companhia do erro, participam da mesma condenação; e o povo do mundo, que não sabe que os Testemunhos citados são extratos de cartas particulares usadas sem meu consentimento, apresenta essa matéria como evidência de que minha obra não é de Deus, nem é verdadeira, mas falsa. Os que assim trazem má fama sobre a obra de Deus terão de responder perante Ele pela obra que estão fazendo. -- The Review and Herald, 5 de Setembro de 1893. Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 47-52. ------------------------Capítulo 7 -- Um ministério divinamente designado IR 48 2 Deus tem uma igreja, e ela tem um ministério designado por Ele. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo." IR 49 1 O Senhor tem Seus agentes designados, e uma igreja que tem sobrevivido a perseguições, conflitos e trevas. Jesus amou a igreja, e por ela Se deu a Si mesmo, e Ele a há de aperfeiçoar, refinar, enobrecer e elevar, de maneira que ela fique firme em meio das corruptoras influências deste mundo. Homens designados por Deus foram escolhidos para vigiar com zeloso cuidado, com vigilante perseverança a fim de que a igreja não seja subvertida pelos malignos ardis de Satanás, mas que ela esteja no mundo para promover a glória de Deus entre os homens. Sempre haverá conflitos ferozes entre a igreja e o mundo. Mente entrará em contato com mente, princípio com princípio, a verdade com o erro; mas na crise que em breve há de culminar, e que já começou, os homens de experiência devem fazer a obra que Deus lhes designou, e velar pelas almas como os que têm de dar contas. ... IR 49 2 Os que estão levando esta mensagem errada, denunciando a igreja como sendo Babilônia, negligenciam a obra que Deus lhes determinou fazer, estão em oposição à organização, opõem-se à clara ordem de Deus pronunciada por Malaquias com relação a trazer todos os dízimos ao tesouro da casa de Deus, e imaginam ter uma obra a fazer no sentido de advertir aqueles a quem Deus escolheu para levar avante Sua mensagem de verdade. Esses obreiros não estão trazendo maior eficiência à causa e ao reino de Deus, mas estão empenhados numa obra idêntica àquela em que o inimigo de toda a justiça se empenha. Que estes homens que se levantam contra os meios e modos ordenados por Deus para levar avante Sua obra nestes dias perigosos, se despojem de todos os pontos de vista não escriturísticos quanto à natureza, ofício e poder dos agentes designados por Deus. IR 50 1 Compreendam todos as palavras que agora escrevo. Os que são coobreiros de Deus, são apenas instrumentos Seus, e em si mesmos não possuem graça ou santidade essenciais. Unicamente quando estão cooperando com os seres celestiais é que têm êxito. São apenas vasos terrenos, os depositários aos quais Deus confia o tesouro de Sua verdade. Poderá Paulo plantar, Apolo regar, mas é Deus, tão-somente, que dá o crescimento. IR 50 2 Deus fala por meio dos agentes por Ele designados, e que nenhum homem, nem grupo de homens, insultem o Espírito de Deus recusando-se a ouvir a mensagem da Palavra divina dos lábios de Seus mensageiros escolhidos. Recusando-se a ouvir a mensagem de Deus, fecham-se os homens num aposento de trevas. Excluem sua própria alma das grandes bênçãos e roubam a Cristo da glória que Lhe deveria ser dada, mostrando desrespeito para com os agentes que designou. Acautelai-vos contra os falsos mestres IR 50 3 Deus não é autor de confusão, mas de paz. Mas Satanás é inimigo vigilante, que não dorme, sempre a trabalhar sobre mentes humanas, procurando solo para semear seu joio. Se encontra alguém a quem possa empurrar para o seu serviço, sugere-lhe idéias e teorias falsas, tornando-o zeloso em advogar o erro. A verdade não só converte, mas também opera a purificação do que a recebe. Jesus nos advertiu contra os falsos mestres. Desde o princípio de nossa obra, têm de quando em quando, surgido homens a advogarem teorias novas e sensacionais. Mas se os que alegam crer na verdade se dirigissem aos que têm experiência e se aproximassem da Palavra de Deus num espírito dócil e humilde, examinando suas teorias à luz da verdade e com o auxílio dos irmãos que têm sido diligentes estudantes das Escrituras, e ao mesmo tempo suplicassem a Deus, perguntando: É este o caminho do Senhor, ou é uma vereda falsa, para a qual Satanás me quer levar? então receberiam luz e escapariam do laço do passarinheiro. IR 51 1 Precavenham-se todos os nossos irmãos e irmãs de qualquer um que marque tempo para o Senhor cumprir Sua palavra a respeito de Sua vinda, ou acerca de qualquer outra promessa de especial importância, por Ele feita. "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder." Falsos mestres podem parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem despender meios para apresentar ao mundo e à igreja as suas teorias; mas como misturam o erro com a verdade, sua mensagem é de engano, e levará almas para veredas falsas. Deve-se-lhes fazer oposição, não porque sejam homens maus, mas porque são mestres de falsidades e procuram colocar sobre a falsidade o sinete da verdade. IR 51 2 Que lástima, darem-se homens a tais trabalhos para descobrir alguma teoria errônea, quando existe abundância de preciosas gemas da verdade, pelas quais o povo pode ser enriquecido da mais santa fé. Em vez de ensinar a verdade, deixam a imaginação demorar-se naquilo que é novo e estranho, e lançam-se em desarmonia com aqueles que Deus usa para levar Seu povo para a plataforma da verdade. Lançam de lado tudo que já foi dito acerca da unidade de sentimento e pensamento, e pisam sobre a oração de Cristo como se a unidade em favor da qual orou não fosse essencial, e não houvesse necessidade de serem os Seus seguidores um, como Ele é um com o Pai. Escapam pela tangente e, como Jeú, convidam seus irmãos a seguirem seu exemplo de zelo pelo Senhor. IR 51 3 Se seu zelo os levasse a trabalhar no mesmo rumo em que trabalham os seus irmãos, que têm suportado o calor e fadiga do dia, se fossem tão perseverantes como eles para vencer desânimos e obstáculos, bem poderiam então ser imitados, e Deus os aceitaria. Mas merecem ser condenados os homens que iniciam uma proclamação de possuírem maravilhosa luz, e ao mesmo tempo puxam em sentido contrário aos agentes guiados por Deus. Foi este o procedimento de Coré, Datã e Abirã, e sua conduta se acha registrada como advertência a todos os outros. Não devemos fazer o que eles fizeram -- acusar e condenar aqueles sobre os quais Deus colocou o peso da obra. IR 52 1 Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Babilônia, têm feito uso dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação de minha mensagem -- unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: "Uni-vos, uni-vos, uni-vos"? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que "na união há força, na divisão há fraqueza"? São mensagens como as que esses homens têm proclamado, que dividem a igreja e trazem sobre nós opróbrio perante os inimigos da verdade; e nessas mensagens se revela claramente a astuta operação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as labaredas de seu próprio fogo, agem segundo seu próprio juízo independente, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Rejeitam o conselho de seus irmãos e avançam em seu próprio caminho até se tornarem justamente o que Satanás deseja -- de espírito desequilibrado. IR 52 2 Advirto meus irmãos a que se guardem contra a operação de Satanás em todas as formas. O grande adversário de Deus e do homem exulta hoje por ter tido êxito em iludir almas, e em desviar seus meios e habilidade para condutos danosos. Seu dinheiro poderia ter sido empregado em promover a verdade presente, mas em vez disso foi despendido em apresentar noções que não têm base na verdade. ... Outro exemplo IR 53 1 Em 1845 um homem chamado Curtis, fez obra semelhante no Estado de Massachusetts. Apresentou uma falsa doutrina, entretecendo em suas teorias sentenças e trechos dos Testemunhos, e publicou-as no Day Star, e em folhetos. Durante anos essas produções trouxeram seus frutos daninhos, acarretando opróbrio sobre os Testemunhos, que, como um todo, de modo algum apoiavam sua obra. Meu marido escreveu-lhe, perguntando-lhe o que intencionava, apresentando os Testemunhos entretecidos com suas próprias palavras, em apoio daquilo a que nos opúnhamos, e solicitou-lhe que corrigisse a impressão que seu trabalho causara. Ele se recusou terminantemente a fazê-lo, dizendo que suas teorias eram verdades, e que as visões deviam ter corroborado seus pontos de vista, e que elas virtualmente as apoiavam, mas que eu me esquecera de escrever os assuntos que explanavam suas teorias. IR 53 2 Sempre, desde o princípio da obra, têm surgido um após outro para efetuar essa espécie de trabalho, e eu tenho tido de dar-me ao incômodo, e incorrer nas despesas de contradizer essas falsidades. Eles têm publicado suas teorias, e iludido muitas almas, mas que Deus guarde as ovelhas do Seu pasto! -- The Review and Herald, 12 de Setembro de 1893. Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 52-57. ------------------------Capítulo 8 -- Deus tem uma igreja IR 53 3 Insto com os que professam crer na verdade, que andem em união com os irmãos. Não procureis dar ao mundo ocasião de dizer que somos extremistas, que somos desunidos, que um ensina uma coisa e outro, outra. Evitai a dissensão. Esteja cada qual em guarda, e seja cuidadoso a fim de que seja encontrado na brecha, para restaurar a ruptura, em vez de se colocar junto do muro a procurar fazer uma brecha. Sejam todos cuidadosos para não clamarem contra o único povo que está cumprindo a descrição dada do povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus, e que exalta a norma de justiça nestes últimos dias. IR 54 1 Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em suas facilidades para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. Deus tem agentes divinamente designados -- homens a quem Ele está guiando, que suportaram o calor e a fadiga do dia, que cooperam com os instrumentos celestiais para promoverem o reino de Cristo em nosso mundo. Unam-se todos a esses agentes escolhidos, e sejam afinal encontrados entre os que têm a paciência dos santos, guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus. A carta IR 54 2 O que segue é a carta enviada ao irmão S.: Napier, Nova Zelândia, 23 de Março de 1893. IR 54 3 Prezado irmão S.: "Dirijo-vos algumas linhas. Não estou em harmonia com a posição que o irmão adotou, pois me foi mostrado pelo Senhor que justamente tal posição assumirão os que laboram em erro. Paulo nos deu advertências a esse respeito: 'Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.' IR 55 1 "Meu irmão, soube que estais assumindo a posição de que a igreja adventista do sétimo dia é Babilônia e de que todos os que se querem salvar devem sair dela. Não sois o único homem que o diabo tem enganado nessa questão. Durante os últimos quarenta anos, um homem após outro tem-se levantado, alegando que o Senhor o enviou com a mesma mensagem; mas permiti-me dizer-vos, como a eles tenho dito, que essa mensagem que proclamais é um dos enganos satânicos destinados a criar confusão entre as igrejas. IR 55 2 "Meu irmão, certamente estais fora do caminho. A mensagem do segundo anjo devia ir a Babilônia [às igrejas] proclamando sua queda e convidando o povo a sair dela. Essa mesma mensagem deve ser proclamada pela segunda vez. 'E depois destas coisas vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela.' IR 55 3 "Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, estais errado. Deus não vos deu nenhuma mensagem assim para proclamar. Satanás usará toda pessoa a que possa ter acesso, inspirando homens a criar falsas teorias, ou a se desviar por qualquer tangente errada, para dar origem a um falso excitamento, e assim desviar as almas do verdadeiro assunto para este tempo. Presumo que algumas pessoas poderão ser enganadas por vossa mensagem, porque estão cheias de curiosidade e do desejo de alguma coisa nova. IR 56 1 "Entristece-me verdadeiramente serdes enganado de qualquer maneira pelas sugestões do inimigo, pois sei que a teoria que advogais não é a verdade. Apresentando as idéias que apresentais, causareis grande prejuízo tanto a vós mesmo como aos outros. Não procureis interpretar mal, torcer e perverter os Testemunhos para justificar qualquer mensagem de erro. Muitos já têm passado por esse terreno, e têm causado grande mal. Ao saírem outros precipitadamente, cheios de zelo, para proclamar essa mensagem, vez após vez, foi-me mostrado não ser ela a verdade. IR 56 2 "Compreendo que também estais proclamando que não devemos dar o dízimo. Meu irmão, tirai o sapato de vossos pés, pois o lugar em que estais é terra santa. O Senhor falou com relação a dar os dízimos. Ele disse: 'Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança'. Mas ao mesmo tempo em que pronuncia uma bênção sobre todos os que trazem seus dízimos, pronuncia uma maldição sobre os que os retêm. Muito recentemente tive luz direta do Senhor sobre essa questão, a de que muitos adventistas do sétimo dia estavam roubando a Deus nos dízimos e ofertas, e me foi claramente revelado que Malaquias apresentou o caso como ele realmente é. Como ousa então o homem até mesmo pensar em seu coração que uma sugestão para reter os dízimos e ofertas vem do Senhor? Onde, meu irmão, vos desviastes do caminho? Oh, ponde os vossos pés de novo no caminho reto! IR 57 1 "Estamos perto do fim, mas se vós ou qualquer outro homem fordes seduzidos pelo inimigo e levados a estabelecer o tempo para a vinda de Cristo, estareis fazendo o mesmo mau trabalho que causou a ruína da alma dos que fizeram isto no passado. IR 57 2 "Se estiverdes levando o jugo de Cristo, se estiverdes levantando Sua carga, vereis que há muito a fazer nos mesmos ramos em que os servos de Deus estão trabalhando -- em pregar a Cristo, e Este crucificado. Mas qualquer que se lance a proclamar uma mensagem que anuncie a hora, o dia ou o ano do aparecimento de Cristo, tomou um jugo e está proclamando uma mensagem que o Senhor nunca lhe deu. IR 57 3 "Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador; mas a igreja militante não é a igreja triunfante. Há joio entre o trigo. 'Queres pois que vamos arrancá-lo?' foi a pergunta do servo; mas o pai de família respondeu: 'Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele.' A rede do evangelho apanha não só peixes bons, mas também ruins, e só o Senhor sabe quem são os Seus. IR 57 4 "É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem estranha, nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que procuram andar na luz, componham Babilônia. As igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da existência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus. Estes erros e outros semelhantes são apresentados ao mundo pelas várias igrejas, e assim se cumprem as Escrituras que dizem: 'Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição.' É uma ira criada por doutrinas falsas, e quando reis e presidentes sorvem esse vinho da ira da sua prostituição, enchem-se de ódio contra os que não concordam com as heresias falsas e satânicas que exaltam o sábado falso, e levam os homens a pisarem a pés o monumento de Deus. IR 58 1 "Anjos caídos formam, na Terra, confederações com homens maus. Nessa época aparecerá o anticristo, como o Cristo verdadeiro, e então a lei de Deus será anulada completamente entre as nações do mundo. Sazonará a rebelião contra a santa lei de Deus. Mas o verdadeiro chefe de toda essa rebelião é Satanás disfarçado em anjo de luz. Os homens serão iludidos e o exaltarão ao lugar de Deus, deificando-o. Mas a Onipotência intervirá, e às igrejas apostatadas que se unirem na exaltação de Satanás, se expedirá a sentença: 'Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.'" -- The Review and Herald, 12 de Setembro de 1893. Reimpresso em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 57-62. ------------------------Capítulo 9 -- O amor de Deus por Sua igreja Outra carta IR 59 0 Wellington, Nova Zelândia, 11 de Junho de 1893. IR 59 1 Caro Irmão C: O Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os adventistas do sétimo dia Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. Todas as razões que possais apresentar não podem, quanto a mim, ter peso nesse assunto, porque o Senhor me deu decisivo esclarecimento em oposição a tal mensagem. IR 59 2 Não duvido de vossa sinceridade e honestidade. Tenho escrito, em diversas ocasiões, longas cartas aos que estavam acusando a Igreja dos adventistas do sétimo dia de ser Babilônia, de que não estavam lidando com a verdade. Pensais que pessoas me têm incutido preconceitos no espírito. Se me encontro neste estado, não sou apta a que se me confie a obra de Deus. Mas esse assunto me foi apresentado à mente em outros casos em que indivíduos pretenderam ter mensagens de caráter idêntico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi-me dada a palavra: "Não os creiais." "Eu não os enviei, e todavia eles correram." IR 59 3 Deus está guiando a saída de um povo. Ele tem um povo, uma igreja na Terra, os quais Ele tornou depositários de Sua lei. Confiou-lhes sagrado depósito e verdade eterna para ser dada ao mundo. Ele os reprovaria e corrigiria. A mensagem aos laodiceanos aplica-se aos adventistas do sétimo dia que têm tido grande esclarecimento e não têm andado na luz. São aqueles que têm feito grande profissão, mas não andado a par com seu Líder, que serão vomitados de Sua boca, a menos que se arrependam. A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus. IR 59 4 Diz a Testemunha Verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." "Eu repreendo e castigo" IR 60 1 Jesus vem para dar aos membros da Igreja, individualmente, as mais ricas bênçãos, uma vez que eles Lhe abram a porta. Ele não os chama nem uma vez Babilônia, nem pede que saiam. Mas diz: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo" (com mensagens de reprovação e advertência). Essas reprovações, eu não ignoro. Tenho dado advertências porque o Espírito do Senhor me tem constrangido a fazê-lo, e tenho proferido reprovações porque o Senhor me tem dado palavras de reprovação. Não tenho recuado de declarar todo o conselho de Deus, que me tem sido dado para a Igreja. Direi no temor de Deus: Sei que o Senhor tem pensamentos de amor e misericórdia para restaurá-los e curá-los de todas as suas prevaricações. Ele tem uma obra para a Sua Igreja fazer. Eles não devem ser declarados Babilônia, mas serem o sal da Terra, a luz do mundo. Devem ser os mensageiros vivos para proclamar uma mensagem viva nestes últimos dias. A igreja não deve ser esfacelada IR 60 2 Digo novamente: O Senhor não falou por nenhum mensageiro que chame a igreja que observa os mandamentos de Deus, Babilônia. É verdade que há joio com o trigo, mas Cristo disse que enviaria Seus anjos para juntar primeiro o joio e atá-lo em molhos para ser queimado, mas recolher o trigo no celeiro. Sei que o Senhor ama Sua Igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada. Há em alguns dos membros da Igreja orgulho, presunção, obstinada incredulidade, e recusa a ceder em suas idéias, embora se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não extinguirá a Igreja. Deixai que tanto o joio como o trigo cresçam juntos até à ceifa. Então os anjos é que farão a obra de separação. IR 61 1 Advirto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a ser cuidadosa quanto à maneira por que recebeis toda idéia nova e aqueles que pretendem ter grande iluminação. O caráter de sua obra parece ser acusar e despedaçar. Dêem os crentes ouvidos à voz do anjo que disse à igreja: "Uni-vos". Na união está a vossa força. Amai como irmãos, sede compassivos, corteses. Deus tem uma Igreja, e Cristo declarou: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela." Os mensageiros que o Senhor envia apresentam as credenciais divina. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1893. ------------------------Capítulo 10 -- Uma segurança freqüentemente repetida IR 62 1 O Pai ama hoje Seu povo como ama Seu próprio Filho. Algum dia teremos a oportunidade de vê-Lo face a face. -- Manuscrito 103, 1903. IR 62 2 Devemos lembrar-nos de que a igreja, débil e defeituosa como possa ser, é o único objeto na Terra ao qual Cristo dispensa Seu supremo cuidado. Ele a guarda constantemente com Sua solicitude, e a fortalece pelo Seu Espírito. -- Manuscrito 155, 1902. IR 63 1 Confiai na proteção de Deus. Sua igreja deve ser ensinada. Débil e defeituosa como possa ser, é ela o objeto de Seu supremo cuidado. -- Carta 279, 1904. Sempre ganhando terreno IR 63 2 A igreja deve crescer em atividade e alargar seus limites. Nossos esforços missionários devem ser expansivos; temos de alargar nossos limites. ... IR 63 3 Conquanto haja violentas lutas no esforço de mantermos nosso caráter distintivo, contudo, como cristãos bíblicos, devemos estar sempre ganhando terreno. Lembremo-nos de que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; devemos trabalhar com fervor, orando para que a graça salvadora de Deus nos instrua em cada passo. Sempre devemos procurar certificar-nos da vontade do Senhor, e andar em harmonia com ela. Prossigamos em conhecer o Senhor, ao Qual conhecer corretamente significa vida eterna. -- Carta 170, 1907. IR 63 4 A prova que tivemos, nos últimos cinqüenta anos, da presença do Espírito de Deus em nós, como um povo, suportará a prova dos que se enfileiram ao lado do inimigo e concentram suas energias contra a mensagem de Deus. -- Carta 356, 1907. IR 63 5 Eu vos escrevo estas coisas, meus irmãos, embora todos vós não possais compreendê-las plenamente. Se eu não cresse que os olhos de Deus estão sobre Seu povo, eu não teria tido ânimo de escrever repetidamente as mesmas coisas. ... Deus tem um povo a quem Ele dirige e instrui. -- Carta 378, 1907. IR 64 1 Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia de todo o mundo: Deus nos chamou como um povo para ser um tesouro peculiar para Ele. Ele determinou que Sua igreja na Terra permaneça perfeitamente unida no Espírito e no conselho do Senhor dos Exércitos no fim do tempo. -- Carta 54, 1908. IR 64 2 Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. IR 64 3 As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra. IR 64 4 Nada neste mundo é tão caro a Deus como Sua igreja. Com zeloso cuidado Ele guarda os que O buscam. Nada desgosta tanto a Deus como o se empenharem os servos de Satanás em despojar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou Seu povo. Satanás lhes aponta os erros cometidos, e procura fazê-los crer que, dessa forma, se separaram a si mesmos de Deus. Anjos maus procuram, de todas as formas, desanimar os que lutam pela vitória sobre o pecado. Esses anjos exibem diante deles sua indignidade passada, e apresentam seu caso como sem esperança. -- Carta 136, 1910. (26 de Novembro de 1910.) ------------------------Capítulo 11 -- Nosso nome denominacional IR 65 1 Foi-me mostrado o modo por que o povo remanescente de Deus obteve seu nome. Duas classes de pessoas me foram apresentadas. Uma abrangia as grandes corporações de cristãos professos. Estes tripudiavam sobre a lei divina, inclinando-se diante de uma instituição papal. Observavam o primeiro dia da semana em vez do sábado do Senhor. A outra classe, posto que pequena em número, tributava obediência ao grande Legislador. Estes guardavam o quarto mandamento. As feições peculiares e preeminentes de sua fé são a observância do sétimo dia e a expectativa da volta de Cristo nas nuvens do céu. IR 65 2 Não podemos adotar outro nome mais apropriado do que esse que concorda com a nossa profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar. O nome Adventista do Sétimo Dia é uma contínua exprobração ao mundo protestante. É aqui que está a linha divisória entre os que adoram a Deus e os que adoram a besta e recebem seu sinal. O grande conflito é entre os mandamentos de Deus e as exigências da besta. É porque os santos guardam todos os mandamentos de Deus, que o dragão lhes move guerra. Se rebaixassem seu padrão e cedessem nas particularidades de sua fé, o dragão estaria satisfeito; mas suscitam sua ira por ousarem exaltar o padrão e desfraldar o estandarte de oposição ao mundo protestante que reverencia uma instituição do papado. IR 65 3 O nome Adventista do Sétimo Dia exibe o verdadeiro caráter de nossa fé e será próprio para persuadir os espíritos indagadores. Como uma flecha da aljava do Senhor, fere os transgressores da lei divina, induzindo ao arrependimento e à fé no Senhor Jesus Cristo. IR 65 4 Foi-me mostrado que quase todos os fanáticos, que surgem, no desejo de ocultar seus verdadeiros sentimentos a fim de iludir outros, afirmam pertencer à igreja de Deus. Esse nome havia por isso de despertar imediatamente suspeitas, porque é usado para ocultar os erros mais absurdos. É demasiadamente vago para designar o povo remanescente de Deus. Demais, daria lugar à suspeita de que temos uma fé que desejamos ocultar. -- Testimonies for the Church 1:223, 224. (Publicado primeiramente em 1861.) IR 66 1 Somos adventistas do sétimo dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: "Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas." -- Carta 110, 1902. (Escrita em 7 de Julho de 1902.) IR 66 2 Somos adventistas do sétimo dia, e desse nome nunca nos devemos envergonhar. Cumpre-nos, como um povo tomar firme posição ao lado da verdade e da justiça. Assim glorificaremos a Deus. Havemos de ser livrados de perigos, e não enredados nem corrompidos por eles. Para que isto aconteça, precisamos olhar sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. -- Carta 106, 1903. (Escrita em 20 de Maio de 1903.) ------------------------Capítulo 12 -- A Associação Geral IR 66 3 Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de outro homem qualquer. Quando, porém, o julgamento da Associação Geral, que é a mais elevada autoridade que Deus tem sobre a Terra, é exercido, a independência e o juízo privados não devem ser mantidos, mas submetidos. -- Testimonies for the Church 3:492. (Publicado primeiro em 1875.) IR 66 4 Não tive nenhum raio de luz que Ele [o Senhor] me desse para vir a este País [Austrália]. Vim em submissão à voz da Associação Geral, a qual sempre sustentei ser autoridade. -- Carta 124, 1896. (Escrita em 9 de Agosto de 1896.) IR 67 1 Nunca deve a mente de um homem ou de uns poucos homens ser considerada suficiente em sabedoria e autoridade para controlar a obra, e dizer quais os planos que devam ser seguidos. Mas quando numa assembléia geral é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral. IR 67 2 Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isto não equivale a dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Associação Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e avançamento de Sua obra. IR 67 3 Quando este poder, que Deus colocou na igreja, é entregue inteiramente a um só homem, e ele é revestido da autoridade de servir de critério para outros espíritos, acha-se então mudada a verdadeira ordem da Bíblia. Os esforços de Satanás sobre o espírito de tal homem seriam os mais sutis, e por vezes quase dominantes; pois o inimigo teria a esperança de, por meio do seu espírito, poder influenciar muitos outros. Demos à mais altamente organizada autoridade na igreja aquilo que somos propensos a dar a um único homem ou a um pequeno grupo de homens. -- Testimonies for the Church 9:260, 261. (Publicado primeiramente em 1909.) Nenhuma nova organização IR 68 1 Declarou o Senhor que a história do passado se repetirá, ao começarmos a obra finalizadora. Cada verdade por Ele dada para estes últimos dias deve ser proclamada ao mundo. Cada coluna que Ele ergueu, deve ser fortalecida. Não podemos agora descer dos fundamentos que Deus estabeleceu. Não podemos agora entrar para qualquer organização nova; pois isto significaria apostatar da verdade. -- 1905, Notebook Leaflet, "The Church", N. 1. (Escrito em 24 de Dezembro de 1905). Deus está ao leme IR 68 2 Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se, na direção da obra, houver coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará, e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz o povo de Deus. -- The Review and Herald, 20 de Setembro de 1892. ------------------------Capítulo 13 -- Últimas mensagens à assembléia da Associação Geral Aos que se acham reunidos na Assembléia da Associação Geral, Saudações! IR 69 0 "Elmshaven", Sanatório, Califórnia, 4 de Maio de 1913. IR 69 1 Prezados Irmãos: "Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus." IR 69 2 "Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do Seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem." IR 69 3 "Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós." IR 70 1 "Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." Esperança e ânimo IR 70 2 É o privilégio de nossos homens representativos, ao assistirem à Assembléia da Associação Geral, nutrirem um espírito de esperança e ânimo. Meus irmãos, o Salvador tem Se revelado a vós em múltiplas maneiras; encheu vosso coração com a luz irradiada de Sua presença enquanto trabalháveis em terras distantes e na pátria; guardou-vos através de perigos visíveis e invisíveis; e agora, ao vos reunirdes uma vez mais com vossos irmãos em concílio, é vosso privilégio alegrar-vos no Senhor, e regozijar-vos no conhecimento de Sua mantenedora graça. Tome Seu amor posse de espírito e coração. Acautelai-vos quanto a vos fatigardes demasiado, gastar-vos de cuidados, ficardes deprimidos. Dai testemunho de molde a erguer. Desviai os olhos do que é sombrio e desanimador, e olhai a Jesus, nosso grande Líder, sob cuja vigilante supervisão a causa da verdade presente, à qual damos nossa vida e tudo quanto possuímos, destina-se a triunfar gloriosamente. IR 70 3 A atitude que nossos homens representativos mantiverem durante a assembléia, exercerá poderosa influência sobre todos através do campo, bem como nos próprios delegados. Oh, seja visto, meus irmãos, que Jesus habita no coração, sustentando, fortalecendo, confortando. É vosso privilégio ser dia a dia dotados com rica medida de Seu Santo Espírito, e ter ampla visão da importância e do escopo da mensagem que estamos proclamando ao mundo. O Senhor está disposto a revelar-vos coisas maravilhosas de Sua lei. Demorai-vos perante Ele em humildade de coração. Orai com o máximo fervor por compreensão dos tempos em que vivemos, por mais plena concepção de Seu desígnio e por acrescida eficiência no salvar almas. IR 71 1 Muitas vezes, durante a noite é-me ordenado estimular nossos irmãos em posições de responsabilidade a fazerem diligentes esforços para prosseguir em conhecer o Senhor mais perfeitamente. Quando nossos obreiros compreenderem como lhes cumpre a importância dos tempos em que vivemos, ver-se-á decidido propósito de estar ao lado do Senhor, e eles se tornarão na verdade cooperadores de Deus. Quando eles consagrarem alma e coração ao serviço de Deus, verificarão ser essencial uma experiência mais profunda do que qualquer deles tem obtido, se é que queiram triunfar sobre todo pecado. IR 71 2 Convém-nos considerar o que sobrevirá brevemente à Terra. Não estamos em tempo de frivolidades ou de andar em busca dos próprios interesses. Caso os tempos em que vivemos deixem de impressionar seriamente nosso espírito, que nos pode atingir? Não pedem as Escrituras uma obra mais pura e santa do que já nos foi dado ver? Convite à reconsagração IR 71 3 Necessitam-se agora homens de esclarecida compreensão. Deus convida os que estão dispostos a ser regidos pelo Espírito Santo a liderarem numa obra de completa reforma. Vejo uma crise diante de nós, e o Senhor convida Seus obreiros a se enfileirarem. Toda alma deve estar agora em posição de mais profunda, mais genuína consagração a Deus que durante os anos passados. IR 72 1 Durante a Assembléia da Associação Geral de 1909 devia haver sido feita no coração dos que a ela assistiram, uma obra que não foi realizada. Deviam haver sido consagradas horas ao exame de coração, as quais haveriam levado ao quebrantamento do inculto solo do coração daqueles que se achavam ali reunidos. Isto lhes haveria dado visão para compreender a obra tão essencial a ser feita por eles em arrependimento e confissão. Mas, se bem que fossem dadas oportunidades para confissão de pecados, para sincero arrependimento, e para decidida reforma, não foi feita obra cabal. Alguns sentiram a influência do Espírito Santo, e corresponderam; mas nem todos cederam a essa influência. A mente de alguns andava por caminhos proibidos. Houvesse da parte de todos na assembléia uma humilhação de coração, e ter-se-ia manifestado maravilhosa bênção. IR 72 2 Por vários meses, depois do encerramento da reunião, senti pesada responsabilidade, e insisti em chamar a atenção dos irmãos responsáveis para as coisas que o Senhor me instruía a apresentar-lhes claramente. Afinal, alguns dos que ocupavam posições de confiança em relação com a obra geral, depois de muita oração e cuidadoso estudo das várias mensagens dadas, aventuraram-se a empreender pela fé a obra solicitada -- uma obra que eles não podiam compreender plenamente; e ao avançarem no temor de Deus, receberam preciosas bênçãos. Resultado de andar na luz IR 72 3 Trouxe grande regozijo a meu coração ver as maravilhosas transformações operadas na vida de alguns que assim decidiram avançar pela fé no caminho do Senhor, de preferência a seguir a senda de sua própria escolha. Houvessem aqueles irmãos de responsabilidade continuado a ver os assuntos sob falso aspecto, e haveriam criado um estado de coisas que mancharia lamentavelmente a obra; quando, porém, deram ouvidos às instruções enviadas, e buscaram o Senhor, Deus levou-os a pleno esclarecimento, e habilitou-os a prestar serviço aceitável e promover reformas espirituais. IR 73 1 Quando o Senhor põe a mão para preparar o caminho diante de Seus ministros, é dever deles seguir aonde Ele os dirija. Ele nunca abandona ou deixa em incerteza os que Lhe seguem a guia com inteiro propósito de coração. Uma expressão de confiança IR 73 2 "Regozijo-me", irmãos, "de em tudo poder confiar em vós." E ao passo que experimento ainda a mais profunda ansiedade quanto à atitude que alguns estão assumindo para com importantes medidas relacionadas com o desenvolvimento da causa de Deus na Terra, tenho todavia vigorosa fé nos obreiros através do campo, e creio que à medida que eles se reunirem e humilharem perante o Senhor e se consagrarem novamente a Seu serviço, serão habilitados a fazer Sua vontade. Alguns há que, nem mesmo agora, vêem os assuntos em seu justo aspecto, mas esses podem aprender a ver em harmonia com seus coobreiros, e evitar cometer erros sérios, mediante o buscarem diligentemente o Senhor neste tempo, e submeterem sua vontade inteiramente à vontade de Deus. IR 73 3 Tenho sido profundamente impressionada por cenas recentemente passadas diante de mim durante a noite. Parecia estar ocorrendo em muitos lugares um grande movimento -- uma obra de reavivamento. Nosso povo cerrou fileiras correspondendo ao chamado de Deus. Meus irmãos, o Senhor está a falar-nos. Não Lhe atenderemos à voz? Não espevitaremos nossas lâmpadas, e agiremos como homens que aguardam a vinda de seu Senhor? O tempo é daqueles que requerem portadores de luz, pedem ação. IR 74 1 "Rogo-vos pois", irmãos, "que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade, e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz." -- The General Conference Bulletin, 19 de Maio de 1913, p. 33, 34. ------------------------Capítulo 14 -- Ânimo no Senhor IR 74 2 Recentemente durante a noite, minha mente foi impressionada pelo Espírito Santo com o pensamento de que se o Senhor logo há de vir, como cremos, deveremos ser mais ativos do que temos sido em anos passados no apresentar a verdade ao povo. IR 74 3 Nesse sentido, o meu espírito retrocedeu à atividade dos crentes do advento em 1843 e 1844. Nesse tempo havia muita visita de casa em casa, e faziam-se esforços infatigáveis para advertir o povo das coisas de que fala a Palavra de Deus. Deveríamos estar fazendo ainda maiores esforços do que os tão fielmente feitos pelos que proclamaram a primeira mensagem angélica. Estamo-nos rapidamente aproximando do fim da história desta Terra; e ao reconhecermos que verdadeiramente Jesus logo virá, erguer-nos-emos para trabalhar como nunca dantes. É-nos mandado fazer soar para o povo um toque de alarme. E em nossa vida devemos mostrar o poder da verdade e da justiça. Deverá o mundo em breve enfrentar o grande Legislador, por causa de Sua lei quebrantada. Apenas os que se desviarem da transgressão para a obediência, podem esperar perdão e paz. IR 74 4 Devemos desfraldar o estandarte em que está escrito: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." A obediência à lei de Deus é a grande questão. Não seja ela perdida de vista. Devemos estimular os membros da igreja e os que não fazem profissão de fé, a verem os reclamos da lei do Céu e a eles obedecerem. Devemos engrandecer a lei e fazê-la gloriosa. IR 75 1 Cristo nos comissionou para semear as sementes da verdade, e incutir em nosso povo a importância do trabalho que deve ser feito em prol dos que vivem em meio às cenas finais da história da Terra. Ao serem proclamadas as palavras da verdade nos caminhos e valados, deve haver uma revelação da operação do Espírito de Deus nos corações humanos. IR 75 2 Oh! quanto bem poderia ser realizado se todos quantos possuem a verdade, a Palavra da vida, trabalhassem para iluminar os que a não têm. Quando, atendendo ao convite da samaritana, os samaritanos foram ter com Cristo, Ele os comparou, para os discípulos, a uma plantação de trigo, em ponto de ceifar. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?", disse Ele. "Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." Cristo ficou com os samaritanos dois dias, pois estavam famintos de ouvir a verdade. E como foram trabalhosos aqueles dias! Como resultado desses dias de trabalho, "muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra". Seu testemunho foi este: "Nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo." IR 75 3 Quem dentre o professo povo de Deus empreenderá esta sagrada tarefa, e trabalhará em favor das almas que perecem por falta de conhecimento? O mundo precisa ser advertido. Muitos lugares me são indicados como estando necessitados de esforços, consagrados, fiéis e infatigáveis. Cristo está abrindo o coração e a mente de muitos em nossas grandes cidades. Estes precisam das verdades da Palavra de Deus; e se estabelecermos comunhão sagrada com Cristo, e buscarmos entrar em contato com essas pessoas, far-se-ão impressões para bem. Precisamos despertar e entrar em afinidade com Cristo e com os nossos semelhantes. As cidades grandes e pequenas e as localidades próximas e distantes, precisam ser trabalhadas, e isso com sabedoria. Nunca recueis. Se trabalharmos em uníssono com o Espírito de Deus, o Senhor fará as devidas impressões nos corações. IR 76 1 Tenho para vós palavras de animação, meus irmãos. Devemos avançar com fé e esperança, esperando de Deus grandes coisas. O inimigo buscará de toda maneira impedir os esforços feitos para o avançamento da verdade, mas na força do Senhor podeis alcançar êxito. Não se profiram palavras desanimadoras, mas somente as que se destinam a fortalecer e ajudar os coobreiros. Um assunto pessoal IR 76 2 Almejo empenhar-me pessoalmente em trabalho ativo no campo, e por certo não me empenharia em mais trabalho público se não cresse que, na minha idade, não é prudente confiar alguém nas suas forças físicas. Tenho um trabalho para fazer na comunicação à igreja e ao mundo da luz que de quando em quando me foi confiada em todos estes anos em que a terceira mensagem angélica tem sido proclamada. Enche-me o coração o desejo mais intenso de apresentar a mensagem a todos quantos possam ser alcançados. Ainda estou fazendo a minha parte na preparação de matéria para publicação. Preciso, porém, agir com muita cautela, para que não caia em situação em que não mais possa escrever. Não sei quanto tempo de vida ainda terei, mas o meu estado de saúde não é tão mau quanto eu poderia esperar que fosse. IR 77 1 Depois da assembléia geral de 1909, passei algumas semanas atendendo a reuniões campais e a outras reuniões gerais, e visitando várias instituições na Nova Inglaterra, Estados centrais e Ocidente Médio. IR 77 2 Logo que voltei para casa, na Califórnia, reassumi o meu trabalho de preparação de originais para o prelo. Durante os últimos quatro anos, escrevi comparativamente poucas cartas. Toda a energia de que dispus foi mormente empregada na terminação do importante trabalho de escrever livros. IR 77 3 Uma ou outra vez assisti a reuniões, e tenho visitado instituições na Califórnia, mas desde a última assembléia geral, a maior parte do meu tempo foi empregada no preparo de manuscritos em minha casa campestre "Elmshaven", perto de Santa Helena. IR 77 4 Sou grata a Deus por me haver poupado a vida para trabalhar um pouco mais nos meus livros. Oh! se eu tivesse forças para fazer tudo quanto vejo que precisa ser feito! Oro para que Ele me conceda sabedoria, a fim de que as verdades de que nosso povo tanto necessita possam ser apresentadas de modo claro e aceitável. Sou levada a crer que Deus me permitirá fazer isso. IR 77 5 Meu interesse na obra em geral é ainda tão intenso quanto antes, e desejo grandemente que a causa da verdade presente avance firmemente em todas as partes do mundo. Considero prudente, porém, não empreender muita atividade pública enquanto o meu trabalho de escrever livros requer a minha atenção. Conto com alguns dos melhores obreiros -- aqueles que, pela providência divina, a mim se associaram na Austrália, bem como outros que me têm auxiliado desde que voltei para a América. Agradeço ao Senhor por esses auxiliares. Estamos todos muito ocupados, fazendo o melhor que nos é possível na preparação de originais para publicação. Quero que a luz da verdade vá a toda parte, para que ilumine os que agora ignoram as razões de nossa fé. Dias há em que os meus olhos me incomodam e doem bastante. Porém louvo o Senhor por me conservar a vista. Não seria de estranhar que, na minha idade, eu não pudesse de todo enxergar. IR 78 1 Estou mais agradecida do que me é possível dizê-lo em palavras pelo amparo do Espírito do Senhor, pelo conforto e graça que continua a dar-me, e por me conceder Ele as forças para transmitir ânimo e auxílio ao nosso povo, e pela oportunidade de fazê-lo. Enquanto o Senhor me poupar a vida, eu Lhe serei fiel, buscando fazer a Sua vontade e glorificar o Seu nome. Que o Senhor me aumente a fé, para que eu prossiga conhecendo-O e fazendo-Lhe mais perfeitamente a vontade. Bom é o Senhor, e digno de todo o louvor. A influência dos obreiros mais idosos IR 78 2 Desejo intensamente que os velhos soldados da cruz, que encaneceram no serviço do Mestre, continuem dando um testemunho fidelíssimo, a fim de que os mais novos na fé possam compreender que as mensagens que o Senhor nos concedeu no passado, são muito importantes nesta fase da história da Terra. Nossa experiência passada não perdeu nem um til de sua força. IR 78 3 Sejam todos prudentes em não desanimar os pioneiros, nem levá-los a sentir que pouco poderão fazer. Sua influência pode ainda ser exercida poderosamente na causa do Senhor. O testemunho dos ministros idosos será sempre um auxílio e uma bênção para a igreja. Deus cuidará dos Seus porta-estandartes provados e fiéis, noite e dia, até que chegue a sua hora de despir a armadura. Assegure-se-lhes que estão sob o cuidado protetor dAquele que não tosqueneja nem dorme; que são vigiados por sentinelas incansáveis. Sabendo disso, e reconhecendo que estão em Cristo, poderão contar confiadamente com as providências de Deus. "Até o fim" IR 79 1 Oro com fervor para que o trabalho que fazemos agora fique profundamente gravado no coração e mente e alma. Aumentarão as perplexidades; mas como crentes em Deus, animemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a norma, mas mantenhamo-la bem elevada, olhando para Aquele que é o autor e consumador da nossa fé. Quando à noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece, e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores no campo nacional e em terras distantes. Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até o fim. Prosseguir com maior eficiência IR 79 2 É-me mandado dizer aos nossos irmãos do ministério: Esteja a mensagem que vos sai dos lábios impregnada do Espírito de Deus. Se já houve tempo em que precisássemos da guia especial do Espírito Santo, esse é agora. Necessitamos de consagração completa. Já é bem tempo de havermos dado ao mundo uma demonstração do poder de Deus em nossa própria vida e ministério. IR 79 3 O Senhor quer ver a obra da proclamação da terceira mensagem angélica prosseguir com crescente eficiência. Assim como Ele agiu em todas as eras para dar vitórias ao Seu povo, também nesta época almeja levar a desfecho triunfante o Seu propósito para Sua igreja. Ordena Ele que Seus santos crentes avancem unidos, indo de força a maior força, de fé a acrescida segurança e confiança na verdade e justiça da Sua causa. IR 79 4 Devemos manter-nos firmes como uma rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Deus está conosco para conceder-nos a Sua força para enfrentarmos cada nova experiência. Pautemos sempre a nossa vida pelos princípios da justiça, a fim de que avancemos de força em força no nome do Senhor. Devemos manter sacratíssima a fé que tem sido comprovada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus desde o nosso surgimento até ao presente. Devemos ter por muito preciosa a obra que o Senhor tem feito progredir por meio do Seu povo observador dos mandamentos, e que, pelo poder da Sua graça, se tornará mais forte e mais eficiente à medida que o tempo avança. Busca o inimigo nublar o discernimento do povo de Deus, e reduzir-lhe a eficiência, mas se trabalharmos sob a direção do Espírito de Deus, Ele lhes abrirá portas de oportunidade para o trabalho de edificação dos lugares antigamente assolados. Sua experiência será de crescimento constante, até que, com poder e grande glória, o Senhor desça do Céu para aplicar aos Seus fiéis o selo da vitória final. Promessa de vitória final IR 80 1 O trabalho que está por fazer é tal que porá a prova todas as capacidades do ser humano. Exigirá o uso de forte fé e vigilância constante. Por vezes, as dificuldades que enfrentaremos, serão as mais desanimadoras. A própria grandeza da tarefa nos desacoroçoará. Não obstante, com a ajuda de Deus, Seus servos finalmente triunfarão. "Portanto", irmãos, "vos peço que não desfaleçais" por motivo das experiências probantes que estão perante vós. Jesus estará convosco; Ele irá adiante de vós pelo Seu Espírito Santo, preparando o caminho; e será o vosso auxiliador em todas as circunstâncias. IR 80 2 "Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos Céus e na Terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. IR 81 1 "Ora, Aquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a Esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém." -- The General Conference Bulletin, 27 de Maio de 1913, p. 164, 165. Confiança expressa em 1915 IR 81 2 Não espero viver muito tempo. Meu trabalho está quase terminado. ... Penso que não mais terei testemunhos para o nosso povo. Nossos homens de mente firme sabem o que é bom para o crescimento e progresso da causa. Porém, com o amor de Deus no coração, precisam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Abril de 1915. ------------------------IR52 - A Igreja Remanescente IR52 2 0 Capítulo 1 -- O objeto de seu supremo cuidado IR52 5 1 Capítulo 2 -- A igreja, a propriedade de Deus IR52 8 1 Capítulo 3 -- Organização e desenvolvimento IR52 14 2 Capítulo 4 -- O acusador e seu trabalho IR52 20 3 Capítulo 5 -- A igreja não é Babilônia IR52 24 3 Capítulo 6 -- A igreja militante IR52 28 1 Capítulo 7 -- Um ministério divinamente designado IR52 32 1 Capítulo 8 -- Deus tem uma igreja IR52 35 2 Capítulo 9 -- O amor de Deus por Sua igreja IR52 38 1 Capítulo 10 -- Uma segurança freqüentemente repetida IR52 39 3 Capítulo 11 -- Nosso nome denominacional IR52 40 6 Capítulo 12 -- A Associação Geral IR52 42 2 Capítulo 13 -- Últimas mensagens à assembléia da Associação Geral IR52 46 3 Capítulo 14 -- Ânimo no Senhor ------------------------Capítulo 1 -- O objeto de seu supremo cuidado IR52 2 0 Melbourne, Austrália, 23 de Dezembro de 1892. IR52 2 1 Queridos Irmãos da Associação Geral: Testifico aos meus irmãos e irmãs que a Igreja de Cristo, por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção. Enquanto a todos dirige o convite para irem a Ele e serem salvos, comissiona Seus anjos, para prestar divino auxílio a toda alma que a Ele se achega com arrependimento e contrição; e, pessoalmente, por meio de Seu Espírito Santo, está no meio de IR52 2 2 Sua Igreja. "Se Tu, Senhor, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo o Senhor; a minha alma O aguarda, e espero na Sua Palavra. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã." Salmos 130:3-6. "Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nEle há abundante redenção, e Ele remirá a Israel de todas as suas iniqüidades." Salmos 130:7, 8. IR52 2 3 Ó pastores e toda a Igreja, sejam estas as expressões que, brotando do coração, correspondam à grande bondade e amor de Deus para conosco, como um povo e a cada um de nós individualmente. "Espere Israel no Senhor" (Salmos 130:7), "desde agora e para sempre". Salmos 115:18. "Vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da Casa do nosso Deus. Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao Seu nome, porque é agradável. Porque o Senhor escolheu para Si a Jacó e a Israel para Seu tesouro peculiar. Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses." Salmos 135:2-5. Considerai, meus irmãos e irmãs, que o Senhor tem um povo, um povo escolhido -- a Sua Igreja -- para ser Sua propriedade. Sua própria fortaleza, que Ele mantém num mundo contaminado pelo pecado, e rebelde; e determinou que nenhuma autoridade nela se conhecesse, lei alguma fosse por ela reconhecida, a não serem as Suas próprias. IR52 3 1 Satanás tem uma grande confederação, que é sua igreja. Cristo a denomina sinagoga de Satanás, porque seus membros são filhos do pecado. Os membros da igreja de Satanás têm estado sempre a trabalhar para inutilizar a lei divina e estabelecer confusão entre o bem e o mal. Satanás trabalha com grande poder nos filhos da desobediência, e por meio deles, a fim de exaltar a traição e a apostasia como se fossem verdade e lealdade. E, na presente época, o poder de sua inspiração satânica está movimentando as forças vivas para IR52 3 2 promover a grande rebelião contra Deus, iniciada no Céu. Distinções claras e determinadas IR52 3 3 Na época atual, a Igreja precisa vestir suas belas vestes -- "Cristo, justiça nossa". Há distinções claras e precisas a serem restauradas e expostas ao mundo, exaltando-se acima de tudo os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho natural, em contraste com a deformidade e trevas dos que são desleais, daqueles que se revoltam contra a lei de Deus. Assim reconhecem a Deus, e a Sua lei -- fundamento de Seu governo no Céu e em todos os Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara perante o mundo; e não ser reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová. Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. Se a Igreja vacilar aqui, por mais enganador que seja o pretexto apresentado para tal, contra ela haverá, registrada nos livros do Céu, uma quebra da mais sagrada confiança, uma traição ao reino de Cristo. A Igreja tem que manter seus princípios perante todo o Universo celeste e os reinos deste mundo, de maneira firme e decidida; uma inabalável fidelidade na manutenção da honra e da santidade da lei de Deus, despertará a atenção e admiração do mundo, e muitos, pelas boas obras que contemplarem, serão levados a glorificar nosso Pai celestial. Os que são leais e verdadeiros, são portadores de credenciais do Céu e não dos potentados da Terra. Todos os homens saberão quem são os escolhidos e fiéis discípulos de Cristo, e os conhecerão quando forem coroados e glorificados como hão de ser os que honraram a Deus, e a quem Ele honrou, tornando-os possuidores de um peso eterno de glória. IR52 4 1 O Senhor proveu a Sua Igreja de capacidade e bênçãos, IR52 4 2 para que apresentasse ao mundo uma imagem de Sua própria suficiência, e nEle se completasse, como uma contínua representação de outro mundo, eterno, onde há leis mais elevadas que as terrestres. Sua Igreja deve ser um templo construído segundo a semelhança divina, e o anjo arquiteto trouxe do Céu a sua vara de ouro para medir, a fim de que cada pedra seja lavrada e ajustada pela medida divina, e polida para brilhar como um emblema do Céu irradiando em todas as direções os refulgentes e luminosos raios do Sol da Justiça. A Igreja há de ser alimentada com o maná do Céu e guardada unicamente sob a proteção de Sua graça. Vestida com a completa armadura de luz e justiça ela entra em seu conflito final. A escória, material imprestável, será consumida, e a influência da verdade testifica ao mundo de seu caráter santificador e enobrecedor. Experiências divinas IR52 4 3 O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, vêem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu. IR52 4 4 À Sua Igreja deu Cristo amplas possibilidades, para que viesse a receber de Sua possessão resgatada e comprada um grande tributo de glórias. IR52 4 5 A Igreja, revestida da justiça de Cristo, é Sua depositária, na qual as riquezas de Sua misericórdia, amor e graça, se hão de por fim revelar plenamente. A declaração que fez em Sua oração intercessora, de que o amor do Pai é tão grande para conosco como para consigo mesmo, na qualidade de Filho unigênito, e que estaremos com Ele onde estiver, e que seremos um com Cristo e o Pai, é uma maravilha para o exército celestial, e constitui sua grande alegria. O dom de Seu Espírito Santo, rico, pleno e abundante, deve ser para Sua Igreja semelhante a uma protetora muralha de fogo, contra que não prevalecerão os poderes do inferno. Na imaculada pureza e perfeição de Seu povo, Cristo vê a recompensa de todos os Seus sofrimentos, humilhação e amor, e como suplemento de Sua glória -- sendo Ele o grande centro de que irradia toda glória. "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." Apocalipse 19:9. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 15-19. ------------------------Capítulo 2 -- A igreja, a propriedade de Deus IR52 5 1 A igreja é a propriedade de Deus, e Deus constantemente dela Se lembra ao estar ela no mundo sujeita às tentações de Satanás. Cristo nunca Se esquece dos dias de Sua humilhação. Passadas as cenas de Sua humilhação Jesus nada perdeu de Sua humanidade. Tem o mesmo amor terno e compassivo e sempre Se compadece dos ais humanos. Sempre tem em mente que foi um Varão de dores, familiarizado com a tristeza. Não Se esquece do povo que representa, que se está esforçando por manter a Sua espezinhada lei. Sabe que o mundo que O odiou, odeia-os também. Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente IR52 5 2 viva que liga os Seus crentes ao Seu coração de infinito amor. O mais humilde e fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Nunca Se esquece Ele de que é o nosso representante, de que tem a nossa natureza. IR52 5 3 Jesus vê na Terra a Sua igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele cooperar na grande obra de salvar pessoas. Ouve-lhes as orações, apresentadas em contrição e poder, e a Onipotência não lhes pode resistir aos rogos para a salvação de qualquer membro provado e tentado do corpo de Cristo. "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." Hebreus 4:14-16. Jesus sempre vive para interceder por nós. Por nosso Redentor, que bênçãos não poderá o verdadeiro crente receber? A igreja, prestes a entrar no seu mais duro conflito, será para Deus o objeto mais querido na Terra. A confederação do mal será estimulada com poder de baixo e Satanás lançará todo o opróbrio possível sobre os escolhidos que ele não pode enganar e iludir com suas invenções e falsidades satânicas. Mas, exaltado "a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados" (Atos 5:31), fechará Cristo, nosso Representante e Cabeça, o coração, ou encolherá Sua mão, ou falsificará Sua promessa? -- Não; nunca, nunca. Identificado com sua igreja IR52 6 1 Deus tem uma igreja, um povo escolhido; e pudessem todos ver como eu tenho visto, quão intimamente IR52 6 2 Cristo Se identifica com Seu povo, não se ouviria uma mensagem como essa que denuncia a igreja como Babilônia. Deus tem um povo que é Seu coobreiro e este tem avançado direito, tendo em vista a Sua glória. Ouvi a oração de nosso representante nos Céus: "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória." João 17:24. Oh, como o Líder divino almejava ter Sua igreja consigo! Com Ele haviam comungado em seus sofrimentos e humilhação, e é a Sua mais elevada alegria tê-los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reivindica o privilégio de ter Sua igreja consigo. "Quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." João 17:24. Tê-los consigo, está de acordo com o concerto da promessa e o pacto feito com Seu Pai. Reverentemente, apresenta Ele, no trono da graça, a consumada redenção para Seu povo. O arco da promessa circunda nosso Substituto e Penhor ao lançar Sua amorável petição: "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória." João 17:24. Contemplaremos o Rei em Sua beleza, e a igreja será glorificada. IR52 6 3 Como Davi, podemos agora orar: "Já é tempo de operares, ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Salmos 119:126. Têm os homens prosseguido na desobediência à lei de Deus, até alcançarem um grau de insolência sem paralelo. Os homens estão se educando na desobediência e apressadamente se aproximam do limite da paciência e do amor de Deus, e Deus certamente intervirá. Certamente Ele vindicará Sua honra e reprimirá a iniqüidade prevalecente. Será o povo que guarda o mandamento de Deus arrastado na iniqüidade dominante? Por ser a lei de Deus alvo de escárnio universal, serão tentados a pensar menos nessa lei que é o fundamento de Seu governo, tanto no Céu como na Terra? -- Não. Para Sua igreja, Sua lei se torna mais preciosa, santa e IR52 7 1 digna de honra ao lançarem os homens sobre ela escárnio e desprezo. Como Davi, podem dizer: "Eles têm quebrantado a Tua lei. Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino. Por isso, tenho, em tudo, como retos todos os Teus preceitos e aborreço toda falsa vereda." Salmos 119:126-128. IR52 7 2 A igreja militante não é agora a igreja triunfante; mas Deus a ama, e descreve pelo profeta como Ele Se opõe e resiste a Satanás, que veste os filhos de Deus nos trajes mais negros e corruptos, e pleiteia o privilégio de destruí-los. Os anjos de Deus protegiam-nos dos assaltos do inimigo. Diz o profeta: IR52 7 3 "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se Lhe opor. Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? Ora Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo. Então, falando, ordenou aos que estavam diante dEle, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestes novas. E disse Eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre sua cabeça, e o vestiram de vestes; e o anjo do Senhor estava ali. E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Se andares nos Meus caminhos e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Zacarias 3:1-7. Mestres que devem ser evitados IR52 7 4 Quando homens se levantam, pretendendo ter uma mensagem de Deus, mas em vez de combaterem contra os principados e potestades, e os príncipes das trevas IR52 7 5 deste mundo, eles formam um falso esquadrão, virando as armas de guerra contra a igreja militante, tende medo deles. Não possuem as credenciais divinas. Deus não lhes deu tal responsabilidade no trabalho. Eles desejam derrubar aquilo que Deus deseja restaurar pela mensagem de Laodicéia. Ele só fere para poder curar e não para fazer perecer. O Senhor não confere a nenhum homem uma mensagem que desanimará e desalentará a igreja. Ele reprova, censura, castiga; mas é apenas para poder restaurar e aprovar afinal. Quanto se alegrou meu coração com o relatório da Associação Geral de que muitos corações foram abrandados e conquistados, que muitos fizeram humildes confissões, e removeram da porta do coração o entulho que conserva fora o Salvador! Que alegria tive ao saber que muitos deram as boas-vindas a Jesus como hóspede permanente! Como é que estes folhetos que denunciam a Igreja Adventista do Sétimo Dia como Babilônia(1) se espalharam por toda a parte, no mesmo tempo em que a igreja estava recebendo o derramamento do Espírito de Deus? Como é que os homens podem ser tão enganados que imaginem consistir o alto clamor em retirar o povo de Deus da comunhão de uma igreja que está desfrutando um período de refrigério? Oh, que essas pessoas enganadas entrem na corrente, e recebam a bênção e sejam dotadas do poder do Alto! -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 19-23. ------------------------Capítulo 3 -- Organização e desenvolvimento IR52 8 1 Faz já quarenta anos que foi introduzida a organização entre nós, como um povo(2). Fiz parte daqueles que tiveram experiência ao estabelecê-la desde o princípio. Conheço as dificuldades que tiveram de ser enfrentadas, IR52 8 2 os males que ela se destina a corrigir, e tenho notado sua influência em relação com o crescimento da causa. Na fase inicial da obra, Deus nos deu luz especial sobre este ponto, e esta luz, juntamente com as lições que a experiência nos ensinou, deveria ser tida em cuidadosa consideração. IR52 8 3 Desde o início, nossa obra teve caráter empreendedor. Reduzido era o nosso número, e em sua maior parte procedente das classes pobres. Nossas idéias eram quase desconhecidas do mundo. Não tínhamos casas de culto, possuíamos poucas publicações, e reduzidíssimos recursos para levar avante a nossa obra. As ovelhas estavam esparsas pelas estradas e caminhos, nas cidades, aldeias e matas. Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus eram a nossa mensagem. Unidade de fé e de doutrina IR52 8 4 Meu esposo, juntamente com os Pastores José Bates, Stephen Pierce, Hiram Edson, e outros que eram fervorosos, nobres e fiéis, estava entre os que, depois da passagem do tempo em 1844, buscaram a verdade como a um tesouro escondido. IR52 8 5 Reuníamo-nos sentindo angústia de alma, a fim de orar para que fôssemos um na fé e doutrina; pois sabíamos que Cristo não está dividido. Cada vez tomávamos um ponto para assunto de nossa pesquisa. Abriam-se as Escrituras com sentimento de temor. IR52 9 1 Jejuávamos freqüentemente, a fim de pôr-nos em melhor disposição para compreender a verdade. Se depois de fervorosa oração, não compreendíamos algum ponto, o discutíamos, e cada qual exprimia livremente sua opinião. De novo então nos curvávamos em oração, e ardentes súplicas ascendiam ao Céu para que Deus nos ajudasse a ver de uma mesma maneira, para que fôssemos um, como Cristo e o Pai são um. Muitas lágrimas eram derramadas. IR52 9 2 Assim passávamos muitas horas. Algumas vezes passávamos a noite toda em solene busca das Escrituras, para compreender a verdade para o nosso tempo. Em algumas ocasiões o Espírito de Deus descia sobre mim, e porções difíceis eram esclarecidas pelo modo indicado por Deus, e havia então perfeita harmonia. Éramos todos de um mesmo pensamento e espírito. IR52 9 3 Procurávamos muito ansiosamente que as Escrituras não fossem torcidas para adaptarem-se às opiniões de qualquer pessoa. Procurávamos fazer com que nossas divergências de opiniões fossem tão pequenas quanto possível, não insistindo nós sobre pontos que eram de menos importância, a respeito dos quais havia opiniões divergentes. A preocupação de toda alma, porém, era promover entre os irmãos uma condição que correspondesse à oração de Cristo para que Seus discípulos pudessem ser um, assim como o são Ele e o Pai. IR52 9 4 Algumas vezes, um ou dois irmãos obstinadamente se opunham à opinião apresentada, e agiam de acordo com os sentimentos naturais do coração; quando, porém, essa disposição aparecia, suspendíamos nossas pesquisas e adiávamos a reunião, para que cada um tivesse a oportunidade de buscar a Deus em oração, e sem consulta com outros estudasse o ponto de divergência, rogando luz do Céu. Com expressões de amizade nos despedíamos, para de novo reunirmo-nos tão breve quanto possível, para mais pesquisas. Por vezes o poder de Deus descia sobre nós de uma maneira assinalada, e, quando a clara luz revelava os pontos da verdade, chorávamos e regozijávamo-nos juntamente. Amávamos a Jesus, e amávamo-nos uns aos outros. A adoção da ordem eclesiástica IR52 9 5 O nosso número aumentava gradualmente. A semente IR52 9 6 lançada era regada por Deus, que a fazia crescer. A princípio reuníamo-nos para o culto e apresentávamos a verdade àqueles que vinham para ouvir, em casas particulares, em celeiros, bosques e edifícios escolares; não demorou muito tempo, porém, e pudemos construir humildes casas de oração. IR52 10 1 Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção dos pastores, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins. IR52 10 2 Havia, no entanto, entre nosso povo um forte sentimento contrário à organização. Os adventistas do primeiro dia(3) opunham-se à organização, e a maior parte dos adventistas do sétimo dia entretinham as mesmas idéias. Buscamos o Senhor em oração fervorosa para que pudéssemos compreender Sua vontade; e Seu Espírito nos iluminou, mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e era essencial a organização. Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra. Lançando-se a novos empreendimentos IR52 10 3 Tivemos uma árdua luta para estabelecer a organização. Apesar de o Senhor dar testemunho após testemunho a esse respeito, a oposição era forte, e teve de ser enfrentada repetidas vezes. Sabíamos, porém, que o Senhor Deus de Israel nos estava dirigindo e guiando pela Sua providência. Empenhamo-nos na obra da organização, e uma evidente prosperidade acompanhou IR52 10 4 esse movimento progressista. IR52 10 5 Como o desenvolvimento da obra nos impelisse a novos empreendimentos, dispusemo-nos a começá-los. O Senhor nos dirigiu o espírito para a importância da obra educativa. Vimos a necessidade de escolas, para que nossos filhos pudessem receber instrução isenta dos erros da falsa filosofia, e sua educação estivesse em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. A necessidade de instituições de saúde fora-nos encarecida, para auxílio e instrução de nosso próprio povo, e como meio de beneficiar e esclarecer a outros. Este empreendimento foi também levado avante. Tudo isto era obra missionária da mais elevada espécie. Resultados do esforço conjunto IR52 10 6 Nossa obra não era mantida por grandes donativos ou legados; pois poucos homens ricos tínhamos entre nós. Qual é o segredo de nossa prosperidade? Temo-nos movido sob as ordens do Príncipe de nossa salvação. Deus nos tem abençoado os esforços unidos. A verdade tem-se espalhado e florescido. Têm-se multiplicado as instituições. A semente de mostarda cresceu até tornar-se uma grande árvore. O sistema da organização alcançou êxito grandioso. Foi adotada a contribuição sistemática(4) segundo o plano bíblico. O corpo foi "ligado pelo auxílio de todas as juntas". Efésios 4:16. Na medida do avanço feito, ficou provado ser eficiente o nosso sistema de organização. IR52 11 1 Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. A construção dessa estrutura custou-nos muito estudo e orações, em que rogávamos, sabedoria e as quais sabemos que Deus ouviu. Foi edificada sob Sua orientação, por meio de muito sacrifício e contrariedades. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente destruí-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que nem é possível imaginar. Em nome do IR52 11 2 Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida, robustecida e consolidada. Ao mando de Deus: "Ide", avançamos, quando as dificuldades a serem superadas faziam com que o avanço parecesse impossível. Sabemos quanto custou no passado executar os planos de Deus, que fizeram de nós o povo que somos. Portanto, cada um tenha o máximo cuidado para não conturbar a mente no tocante a estas coisas que Deus ordenou para a nossa prosperidade e êxito no progresso de Sua causa. IR52 11 3 Os anjos trabalham harmoniosamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem dos anjos, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Afastar-se-ão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Mas nunca, jamais esses mensageiros celestes sancionarão a irregularidade, a desorganização e a desordem. Todos estes males são o resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer-nos as forças, destruir-nos a coragem e evitar a ação bem-sucedida. IR52 11 4 Satanás bem sabe que o sucesso apenas pode acompanhar a ação ordenada e harmoniosa. Bem sabe que tudo que se relaciona com o Céu se acha em perfeita ordem, e sujeição e disciplina perfeita caracterizam IR52 11 5 os movimentos dos anjos. Ele estuda e faz esforços para levar os cristãos professos o mais longe possível da disposição ordenada por Deus; portanto, engana até o povo professo de Deus, e faz-lhes crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade; que a única segurança para eles consiste em seguir cada qual seu rumo e de maneira especial permanecer separado das corporações de cristãos que andam unidos, e trabalham para estabelecer a disciplina e harmonia de ação. Todos os esforços feitos para se estabelecer a ordem são considerados perigosos, tidos como uma restrição da legítima liberdade e, por isso, são temidos como se fossem um arremedo do papado. Estas dedicadas almas consideram virtude o jactar-se de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Não atendem a nenhum parecer de outros. Não se deixam ensinar por quem quer que seja. Foi-me mostrado que a obra especial de Satanás é introduzir os homens a crer que Deus lhes ordena agirem por si mesmos, e escolherem seu caminho, independentemente de seus irmãos. IR52 12 1 Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna -- os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo fé e opiniões inteiramente opostas, e movendo-se cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade dos dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas idéias então aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levantam, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar IR52 12 2 para a fé comum, onde estará aquela concórdia que existia entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre Seus irmãos, Cristo orou? Responsabilidade individual e unidade cristã IR52 12 3 Posto que tenhamos uma obra individual, e individual responsabilidade perante Deus, não devemos seguir nosso próprio critério independentemente, sem tomar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos; pois tal proceder acarretaria a desordem na igreja. É dever dos pastores respeitarem o discernimento de seus irmãos; mas suas relações mútuas, assim como as doutrinas que ensinam, deveriam ser submetidas à prova da lei e do testemunho; se, então, os corações forem dóceis, não haverá divisão entre nós. Alguns se inclinam a ser desordenados, e apartam-se dos grandes marcos da fé; mas Deus está atuando em Seus pastores para que sejam um na doutrina e no espírito. IR52 12 4 É necessário que nossa unidade hoje seja de caráter tal que resista à prova. ... Temos muitas lições para aprender e muitíssimas para desaprender. Tão-somente Deus e o Céu são infalíveis. Quem acha que nunca terá de abandonar uma opinião formada, e nunca terá ocasião de mudar de critério, será decepcionado. Enquanto nos apegarmos obstinadamente às nossas próprias idéias e opiniões, não poderemos ter a unidade pela qual Cristo orou. IR52 13 1 Quando um irmão recebe nova luz sobre as Escrituras, deve expor francamente sua maneira de entender, e todo pastor deve pesquisar as Escrituras com espírito de singeleza, a fim de ver se os pontos apresentados podem ser confirmados pela palavra inspirada. "E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; IR52 13 2 instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." 2 Timóteo 2:24, 25. Que coisas Deus tem feito! IR52 13 3 Passando em revista a nossa história, percorrendo todos os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: "Louvado seja Deus!" Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos do caminho pelo qual Deus nos tem conduzido. IR52 13 4 Somos agora um povo forte, se pomos nossa confiança no Senhor, pois estamos a tratar com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos que agradecer. Se andamos na luz, como resplandece ela sobre nós, procedente dos vivos oráculos divinos, teremos grandes responsabilidades, correspondentes à grande luz a nós conferida por Deus. Temos muitos deveres a cumprir, porque fomos feitos depositários da verdade sagrada, a ser dada ao mundo em toda a sua beleza e glória. Somos devedores a Deus por todas as regalias que Ele nos confiou para embelezarmos a verdade com a santidade de nosso caráter, e comunicarmos a mensagem de exortação, consolo, esperança e amor, àqueles que estão nas trevas do erro e pecado. IR52 13 5 Graças a Deus pelo que já tem sido feito no sentido de prover aos nossos jovens recursos para a educação religiosa e intelectual. Muitos têm sido instruídos para desempenhar uma parte nos vários ramos da obra, não somente na América do Norte mas nos campos estrangeiros. O prelo tem fornecido a literatura que difunde extensamente o conhecimento da verdade. Todos os donativos que, quais regatos, têm avolumado ao afluxo das contribuições, devem ser para nós justo motivo de gratidão a Deus. IR52 13 6 Temos hoje um exército de jovens que, se for convenientemente dirigido e animado, muito poderá fazer. Necessitamos de que nossos filhos creiam na verdade. Desejamos que sejam abençoados por Deus. Queremos que desempenhem uma parte em bem organizados planos para auxiliarem outros jovens. Sejam eles de tal maneira preparados que possam corretamente representar a verdade, dando a razão da esperança que neles há, e honrando a Deus em qualquer ramo da obra para que estiverem habilitados! ... IR52 14 1 Como discípulos de Cristo, temos o dever de difundir a luz que sabemos faltar ao mundo. Que o povo de Deus "enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:18, 19. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 24-32. ------------------------Capítulo 4 -- O acusador e seu trabalho IR52 14 2 Muito me entristeci ao ler o folheto publicado pelo irmão S(5) e pelos que com ele se associam na obra que está fazendo. Sem meu consentimento, têm eles feito seleções dos Testemunhos e as inseriram no folheto que publicaram, para dar a aparência de que meus escritos apóiam e aprovam a posição que advogam. Ao fazê-lo, fazem o que nem é justo nem correto. Ao tomarem desautorizadas liberdades, apresentam ao povo uma teoria que engana e destrói. Em tempos passados, muitos outros fizeram a mesma coisa, e deram a parecer que os Testemunhos apoiavam posições que IR52 14 3 eram insustentáveis e falsas. IR52 14 4 Tenho recebido luz no sentido de que a posição assumida pelo irmão S e seus simpatizantes não é verdadeira, mas um dos "eis aqui" e "eis ali" que caracterizam os dias em que vivemos. Como exemplo da maneira em que o irmão S compilou este folheto, relatarei o seguinte incidente: Escrevi uma carta particular a um de nossos pastores, e de maneira bondosa, pensando que isso seria um auxílio ao irmão S, esse irmão lhe enviou uma cópia dela, mas em vez de a considerar como uma questão para o seu auxílio pessoal, ele imprime porções dela num panfleto, como Testemunho não publicado, para apoiar a posição que ele assumira. É isso honroso? Nada há no Testemunho para apoiar a posição mantida pelo irmão S; mas ele faz mau uso disto, como muitos fazem com as Escrituras, para prejuízo de sua própria alma e da dos outros. Deus julgará os que tomam desautorizada liberdade fazendo uso de meios desonrosos com o fim de dar caráter e influência àquilo que eles consideram como sendo uma verdade. Usando uma carta particular enviada a outra pessoa, abusa o irmão S dos bondosos esforços envidados por alguém que o desejava ajudar. As facções que publicaram o folheto sobre o Alto Clamor, e a queda de todas as igrejas, evidenciam que o Espírito Santo de Deus não está atuando com eles. "Por seus frutos os conhecereis." Mateus 7:16. IR52 15 1 Os que recebem os folhetos que advogam essa falsa posição, terão a impressão de que eu a apóio, e de que estou unida com esses obreiros na proclamação daquilo que eles chamam a "nova luz". Sei que sua mensagem está misturada com a verdade, mas a verdade é mal aplicada e torcida pela sua ligação com o erro. Quero dizer ao irmão que enviou a esses homens a cópia da carta que eu lhe escrevi, que nenhum pensamento tenho de censurá-lo, e ninguém deve fazer-lhe a IR52 15 2 mínima censura quanto a este assunto. Se eu fizesse um mau juízo e o censurasse, quando seus motivos e intenções eram bons, incorreria no desagrado de Deus. Se o irmão que ele desejou ajudar tomou liberdades, e traiu a sua confiança, não censure a si mesmo, nem se aflija pelos resultados da infidelidade dele. Instrução aos discípulos IR52 15 3 Questões há nos Testemunhos escritos que não são para o mundo em geral, mas para os filhos de Deus crentes, e não é próprio tornar públicos para o mundo instruções, advertências, reprovações ou conselhos dessa espécie. O Redentor do mundo, o Enviado de Deus, o maior Mestre que os filhos dos homens já conheceram, apresentou algumas questões instrutivas, não para o mundo, mas somente para os Seus discípulos. Embora tivesse mensagens destinadas às grandes multidões que O acompanhavam, também tinha alguma luz e instrução especial a comunicar aos Seus seguidores, as quais não comunicava à grande congregação, visto que elas nem seriam por ela compreendidas nem apreciadas. Enviou Seus discípulos a pregar, e ao voltarem de seu primeiro trabalho missionário, e terem várias experiências a relatar quanto a seu êxito na pregação do evangelho do reino de Deus, Ele lhes disse: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." Marcos 6:31. Num lugar de reclusão comunicou Jesus a Seus discípulos as instruções, conselhos, avisos e correções que Ele viu serem necessários na sua espécie de trabalho; mas a instrução que então lhes deu não devia ser lançada a esmo ao grupo promíscuo, pois Suas palavras se destinavam apenas aos Seus discípulos. IR52 16 1 Em várias ocasiões em que o Senhor realizara obras de cura, ordenou Ele àqueles a quem abençoara que a ninguém contassem o que fizera. Devem eles ter IR52 16 2 ouvido Suas exortações e reconhecido que Cristo não exigira levianamente silêncio de sua parte, mas tinha uma razão para Sua ordem, e de modo algum deviam ter desrespeitado o Seu expresso desejo. Deveria ter-lhes sido suficiente saber que Ele desejava que observassem o seu conselho, e que tinha boas razões para Seu premente pedido. Sabia o Senhor que ao curar o enfermo, ao realizar milagres para restaurar a vista dos cegos, e para a purificação do leproso, punha em perigo Sua própria vida, pois se os sacerdotes e príncipes não aceitassem as evidências de Sua missão divina que Ele lhes deu, haveriam de interpretar mal, dizer falsidades e contra Ele fazer acusações. É verdade que Ele fez abertamente muitos milagres, contudo, em muitos casos, pediu que aqueles a quem abençoara a ninguém contassem o que por eles fizera. Ao se levantar o preconceito, ao serem alimentados a inveja e o ciúme, e Seu caminho embargado, abandonou as cidades e foi à procura dos que ouviriam a verdade que Ele veio transmitir e a apreciariam. IR52 16 3 Achou o Senhor Jesus necessário esclarecer muitas coisas aos discípulos, coisas essas que Ele não revelou às multidões. Tornou-lhes claramente manifestas as razões do ódio demonstrado para com eles pelos escribas, fariseus e sacerdotes, e lhes falou de Seu sofrimento, traição e morte. Mas para o mundo não tornou tão claras essas questões. Tinha advertências a dar a Seus seguidores, e diante deles desdobrou os tristes acontecimentos que haviam de ocorrer, e o que eles deviam esperar. Deu a Seus seguidores preciosa instrução que até nem mesmo eles compreenderam senão depois de Sua morte, ressurreição e ascensão. Ao ser o Espírito Santo derramado sobre eles, foram-lhes todas essas coisas trazidas à lembrança, tudo o que Ele lhes dissera. Traição da confiança IR52 17 1 Era uma traição da sagrada confiança tomar aquilo que Jesus determinara que fosse conservado em segredo e publicá-lo aos outros, trazendo sobre a causa da verdade desonra e prejuízo. O Senhor deu a Seu povo apropriadas mensagens de advertência, repreensão, conselho e instrução, mas não é próprio tirar essas mensagens de sua conexão, e pô-las onde pareçam reforçar mensagens do erro. No folheto publicado pelo irmão S e seus companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser Babilônia, e insiste em que haja uma separação da igreja. Esta é uma obra que não é honrosa nem justa. Compondo aquele folheto, serviram-se de meu nome e de meus escritos para apoio do que eu desaprovo e denuncio como erro. O povo a quem esse folheto chegar às mãos, acusar-me-á a mim da responsabilidade dessa falsa atitude, quando ela é completamente contrária aos ensinos de meus escritos e da luz que Deus me deu. Não hesito em dizer que os que insistem nessa obra estão muito enganados. Uma falsa mensagem IR52 17 2 Desde anos tenho apresentado meu testemunho dizendo que, em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz e não obstante advogando a demolição daquilo que o Senhor por Seus agentes humanos tem estado a edificar, acham-se eles muito enganados, e não trabalham em cooperação com Cristo. Aqueles que afirmam que as igrejas adventistas do sétimo dia constituem Babilônia, ou qualquer parte de Babilônia, deveriam antes ficar em casa. Que eles se detenham e considerem qual é a mensagem que deve ser pregada presentemente. Em vez de trabalhar com meios divinos para preparar um povo que subsista no dia do Senhor, eles se puseram ao lado daquele que é um acusador dos irmãos, que os acusa dia e noite perante Deus. Agentes satânicos têm vindo das profundezas, IR52 17 3 inspirando os homens a unir-se numa confederação do mal, para perturbarem e atormentarem o povo de Deus, causando-lhe grande aflição. O mundo todo há de ser instigado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo. As acusações de Satanás IR52 17 4 Ao profeta foi apresentada a cena da acusação feita por Satanás. Diz ele: "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se Lhe opor." Zacarias 3:1. Jesus é o nosso grande Sumo Sacerdote no Céu. E que faz Ele? -- Faz intercessão e expiação por Seu povo que nEle crê. Pela Sua justiça imputada, são aceitos por Deus, como sendo aqueles que estão manifestando ao mundo que reconhecem a fidelidade a Deus, observando todos os Seus mandamentos. Satanás está cheio de maligno ódio contra eles, e para com eles manifesta o mesmo espírito que manifestou para com Jesus Cristo quando Este estava na Terra. Quando Jesus estava perante Pilatos, o governador romano procurou soltá-Lo, e desejou que o povo escolhesse libertar Jesus da prova pela qual estava prestes a passar. Apresentou à multidão que clamava o Filho de Deus e o criminoso Barrabás, e perguntou: "Qual quereis que vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?" Mateus 27:17. "E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado." Mateus 27:21, 22. IR52 18 1 O mundo foi instigado pela inimizade de Satanás, e quando lhe pediram que escolhesse entre o Filho de Deus e o criminoso Barrabás, escolheram um ladrão IR52 18 2 em vez de a Jesus. As multidões ignorantes foram levadas pelo raciocínio enganoso dos que estavam em posição elevada, a rejeitar o Filho de Deus e a escolher em Seu lugar um ladrão e assassino. Lembremo-nos todos de que ainda estamos num mundo em que Jesus, o Filho de Deus, foi rejeitado e crucificado, em que ainda repousa a culpa de desprezar a Cristo e preferir um ladrão ao imaculado Filho de Deus. A menos que individualmente nos arrependamos diante de Deus devido à transgressão de Sua lei, e exerçamos fé em nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o mundo tem rejeitado, estaremos sob a absoluta condenação que o ato de escolher a Barrabás em vez de a Cristo merece. Todo o mundo está hoje sob a acusação de deliberada rejeição e assassínio do Filho de Deus. A Palavra de Deus registra que judeus e gentios, reis, governadores, ministros, sacerdotes, e o povo -- todas as classes e seitas que revelam o mesmo espírito de inveja, ódio, preconceito e descrença manifestados pelos que levaram à morte o Filho de Deus -- caso lhes fosse concedida a oportunidade, desempenhariam a mesma parte desempenhada pelos judeus e pelo povo do tempo de Cristo. Participariam do mesmo espírito que exigiu a morte do Filho de Deus. IR52 18 3 Na cena que representa a obra de Cristo em nosso favor, e a determinada acusação de Satanás contra nós, Josué figura como sumo sacerdote e roga em favor do povo que guarda os mandamentos de Deus. Ao mesmo tempo, apresenta Satanás o povo de Deus como sendo grandes pecadores, e apresenta diante de Deus a lista dos pecados que ele os tentou a cometer durante toda a vida, e insiste em que devido às suas transgressões sejam eles entregues nas suas mãos para serem destruídos. Insiste em que não sejam protegidos pelos anjos ministradores contra a confederação do mal. Está enfurecido porque não pode unir o povo de Deus nos laços do mundo, para lhe prestar completa IR52 19 1 obediência. Reis, legisladores e governadores têm colocado sobre si o estigma do anticristo, e são representados pelo dragão que sai a guerrear contra os santos -- contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. Em sua inimizade contra o povo de Deus, também se revelam culpados da escolha de Barrabás em vez de Cristo. O mundo é chamado às contas IR52 19 2 Deus tem uma controvérsia contra o mundo. Quando se assentar o Juízo, e se abrirem os livros, terá Ele terríveis contas a ajustar, o que faria agora o mundo temer e tremer, não estivessem os homens cegados e enfeitiçados pelas ilusões e enganos satânicos. Deus pedirá contas ao mundo da morte de Seu Filho Unigênito a quem, em todos os intentos e propósitos o mundo crucifica de novo, e expõe ao opróbrio, ao perseguir o Seu povo. O mundo tem rejeitado a Cristo na pessoa de Seus santos, tem desprezado as mensagens ao recusar receber as mensagens dos profetas, apóstolos e mensageiros. Tem rejeitado aos que são colaboradores de Cristo, e disso terá de dar contas. O acusador repreendido IR52 19 3 Satanás está a testa de todos os acusadores dos irmãos; mas ao apresentar ele os pecados do povo de Deus, que lhe responde o Senhor? Diz: "O Senhor te repreende [não a Josué que é o representante do provado e escolhido povo de Deus, mas], ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo." Zacarias 3:2, 3. Satanás representara o escolhido e leal povo de Deus como estando cheio de corrupção e pecado. Podia descrever os pecados específicos de que se haviam tornado culpados. Não havia ele posto em ação toda a confederação do IR52 19 4 mal para levá-los a esses mesmos pecados, por meio de suas artes sedutoras? Mas se haviam arrependido. Haviam aceito a justiça de Cristo. Estavam, portanto, diante de Deus trajando as vestes da justiça de Cristo, e "então, falando, ordenou aos que estavam diante dEle, dizendo: tirai-lhe estas vestes sujas. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de vestes novas". Zacarias 3:4. Todo o pecado de que haviam sido culpados estava perdoado, e eles estavam diante de Deus como escolhidos e verdadeiros, como inocentes, como perfeitos, como se nunca tivessem pecado. A palavra encorajadora IR52 20 1 "E disse Eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram [os anjos de Deus] uma mitra limpa sobre sua cabeça, e o vestiram de vestes: e o Anjo do Senhor [Jesus seu Redentor] estava ali. E o Anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos, e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa, e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Zacarias 3:5-7. Gostaria que todos os que dizem crer na verdade presente, pensassem seriamente nas coisas maravilhosas apresentadas neste capítulo. Embora o povo de Deus seja débil e cercado de fraquezas, os que se voltam da deslealdade para com Deus nesta geração ímpia e perversa, e retornam à lealdade, permanecendo firmes na vindicação da lei de Deus, tapando a brecha feita pelo homem do pecado sob a liderança de Satanás, serão considerados filhos de Deus, e pela justiça de Cristo estarão perfeitos diante de Deus. A verdade não jazerá sempre no pó para ser espezinhada pelos homens. Será magnificada e feita honrosa; ainda se levantará e brilhará em todo o seu natural esplendor e permanecerá IR52 20 2 firme para sempre e sempre. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 32-41. ------------------------Capítulo 5 -- A igreja não é Babilônia IR52 20 3 Deus tem um povo em que todo o Céu se acha interessado, e eles são o único objeto na Terra, precioso ao coração de Deus.(6) Que todos os que lerem estas palavras lhes dêem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada pessoa. Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado. A mensagem contida no folheto intitulado O Alto Clamor, é um engano. Semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa; pois não estão cheias de luz, mas de trevas. Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o povo de Deus, e estas mensagens serão proclamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu povo: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a Terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a Sua glória se verá sobre ti." Isaías 60:1, 2. Uma obra de engano IR52 21 1 Ver-se-á que estes que proclamam mensagens falsas IR52 21 2 não terão um alto senso de honra e integridade. Enganarão o povo, e porão de mistura com o erro os Testemunhos da irmã White, servindo-se de seu nome para dar influência à sua obra. Escolhem dos Testemunhos certos trechos que acham que podem ser torcidos de modo a apoiar sua atitude e põe-nos numa moldura de falsidade, para que o seu erro tenha peso e seja aceito pelo povo. Dão falsa interpretação e aplicam mal o que Deus deu à igreja para advertir, aconselhar, reprovar, confortar e animar os que constituirão o povo remanescente de Deus. Os que acolhem os Testemunhos como a mensagem de Deus, são por eles abençoados e auxiliados; mas os que os fragmentam, simplesmente para apoiar alguma teoria ou idéia pessoal, para defender um procedimento errado, não serão abençoados e beneficiados por aquilo que ensinam. Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilônia, é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite perante Deus. Por esse mau emprego dos Testemunhos, pessoas são levadas à perplexidade, porque não podem compreender a relação dos Testemunhos para com a atitude assumida pelos que se acham no erro; pois Deus deseja que os Testemunhos estejam sempre emoldurados na verdade. IR52 21 3 Os que advogam o erro dirão: "O Senhor diz"', "quando o Senhor não falou." Testificam em favor da falsidade, e não da verdade. Se os que têm proclamado a mensagem de ser a igreja Babilônia tivessem empregado o dinheiro gasto na publicação e circulação desse erro, em edificar, em vez de demolir, teriam tornado evidente serem eles o povo que Deus está guiando. IR52 21 4 Há uma grande obra a ser feita no mundo, uma grande obra a ser feita nos campos estrangeiros. Têm de ser estabelecidas escolas para que a juventude, as crianças e os de idade madura, possam ser educados o mais rápido possível para entrar nos campos missionários. IR52 22 1 Há necessidade, não só de pastores para campos estrangeiros, mas de sábios, judiciosos obreiros de todas as espécies. De todas as partes do mundo soa o clamor macedônico: "Passa, e ajuda-nos!" Atos 16:9. Recaindo sobre nós, como recai, toda a responsabilidade de ir e pregar o evangelho a toda a criatura, grande é a necessidade de homens e recursos, e Satanás atua de todos os modos concebíveis para deter os meios e impedir os homens de se empenharem na obra que deveriam estar a fazer. O dinheiro que deveria ser empregado em fazer a boa obra de construir casas de adoração, e estabelecer escolas com o fim de educar obreiros para o campo missionário, preparar rapazes e moças, habilitando-os a sair e trabalhar pacientemente, inteligentemente e com toda a perseverança a fim de que sejam agentes por meio dos quais possa ser preparado um povo que subsista no grande dia de Deus, esse dinheiro é desviado de seu curso de utilidade e bênção, para um curso de dano e maldição. IR52 22 2 O grande dia de Deus está prestes a nos sobrevir e se apressa muito, e há uma grande obra a fazer e esta deve ser feita com rapidez. Mas vemos que em meio ao trabalho que deve ser feito, há os que professando crer na verdade presente, não sabem como gastar os meios que lhes são confiados, e devido à falta de um coração manso e humilde não vêem quão grande é a obra a fazer. Todos os que aprendem de Jesus serão cooperadores de Deus, mas os que saem a proclamar erros, gastando tempo e dinheiro num trabalho vão, colocam sobre os verdadeiros obreiros que estão em novos campos crescente responsabilidade, pois em vez de dedicarem seu tempo a advogar a verdade, são obrigados a anular a obra daqueles que estão proclamando falsidades e pretendendo ter a mensagem do Céu. IR52 22 3 Se os que têm feito esta espécie de trabalho tivessem sentido a necessidade de atender à oração que IR52 22 4 Cristo fez a Seu Pai justamente antes de Sua crucifixão -- que os discípulos de Cristo fossem um como Ele e o Pai eram um, não estariam desperdiçando os meios que lhes foram confiados e que são tão necessários ao avanço da verdade. Não estariam gastando precioso tempo e habilidade na disseminação do erro, necessitando assim de que o tempo do obreiro seja dedicado à anulação e extinção de sua influência. Trabalho dessa espécie não tem a inspiração de cima, mas de baixo. IR52 22 5 "Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus. Todos vós que acendeis fogo e vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes; isso vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." Isaías 50:10, 11. A mensagem dada por aqueles que proclamam que a igreja é Babilônia tem dado a impressão de que Deus não tem uma igreja na Terra. Uma igreja viva IR52 23 1 Não tem Deus uma igreja viva? Ele tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante. Entristecemo-nos de que haja membros defeituosos, de que haja joio no meio do trigo. Jesus disse: "O reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo; mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos IR52 23 2 ceifeiros: Colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro." Mateus 13:24, 25, 27-30. IR52 23 3 Na parábola do trigo e do joio, vemos a razão de o joio não ser arrancado; era para que o trigo não fosse desarraigado também com o joio. A opinião e o juízo humanos ocasionariam graves erros. Mas para que não se cometesse um erro e uma simples haste de trigo fosse desarraigada, diz o Mestre: "Deixai crescer ambos juntos até a ceifa" (Mateus 13:30); então os anjos arrancarão o joio, que será destinado à destruição. Conquanto em nossas igrejas, que pretendem crer em verdades avançadas, haja pessoas em faltas e erros, como o joio em meio do trigo, Deus é longânimo e paciente. Ele reprova e adverte o errante, mas não destrói os que são vagarosos em aprender a lição que lhes quer ensinar; Ele não desarraiga o joio do meio do trigo. O joio e o trigo devem crescer juntos até a ceifa; quando o trigo chegar ao seu completo desenvolvimento, e pelo caráter que apresentar quando amadurecido, ele se distinguirá perfeitamente do joio. IR52 23 4 A igreja de Cristo na Terra será imperfeita, mas Deus não destrói Sua igreja por causa de sua imperfeição. Tem havido e haverá os que se acham possuídos de zelo mas não com entendimento, os quais desejam purificar a igreja e desarraigar o joio do meio do trigo. Mas Cristo proveu luz especial quanto à maneira de tratar os que erram, e os inconversos na igreja. Não devem os membros da igreja tomar alguma resolução espasmódica, zelosa, precipitada, ao excluir os que eles porventura considerem de caráter defeituoso. O joio aparecerá entre o trigo; mas causaria maior dano extirpá-lo -- a menos que fosse do modo designado por Deus -- do que deixá-lo crescer. Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a igreja os verdadeiramente convertidos, Satanás traz para sua comunhão pessoas não convertidas. Enquanto Cristo semeia a boa semente, IR52 24 1 Satanás semeia o joio. Duas influências oponentes se exercem continuamente sobre os membros da igreja. Uma influência atua a favor da purificação da igreja, e a outra a favor da corrupção do povo de Deus. IR52 24 2 Jesus sabia que Judas tinha defeitos de caráter, mas não obstante Ele o aceitou como discípulo e proporcionou-lhe os mesmos privilégios e oportunidades que proporcionara aos outros, que escolhera. Judas ficou sem desculpa para a má conduta que depois seguiu. Ele poderia ter-se tornado um praticante da Palavra, como foram depois Pedro, Tiago e João, e os outros discípulos. Jesus ministrou preciosas lições de instrução, de modo que os que com Ele se associavam poderiam ter-se convertido, não tendo necessidade de apegar-se aos defeitos que lhes manchavam o caráter. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 41-47. ------------------------Capítulo 6 -- A igreja militante IR52 24 3 Algumas pessoas parecem pensar que ao entrar na igreja ser-lhes-ão cumpridas as expectativas, e só encontrarão os que são puros e perfeitos. São zelosas na fé, e ao verem faltas nos membros da igreja, dizem: "Abandonamos o mundo para não nos associarmos com pessoas de mau caráter, mas aqui também está o mal"; e perguntam, como os servos da parábola: "Por que tem, então joio?" Mateus 13:27. Mas não precisamos ficar assim desapontados, pois o Senhor não nos autorizou a chegar à conclusão de que a igreja é perfeita; e todo o nosso zelo não terá êxito em tornar a igreja militante tão pura como a igreja triunfante. O Senhor nos proíbe proceder de qualquer maneira violenta contra aqueles que julgamos estarem em erro, e não devemos espalhar excomunhões e denúncias contra os que estão em falta. IR52 24 4 O homem finito é propenso a julgar mal o caráter, mas Deus não deixou a obra de julgar e de fazer pronunciamentos sobre o caráter com aqueles que para isto não estão preparados. Não devemos dizer o que constitui o trigo e o que constitui o joio. O tempo da colheita determinará completamente o caráter das duas classes especificadas sob a figura de joio e de trigo. A obra de separação é dada aos anjos de Deus, e não entregue nas mãos de qualquer homem. IR52 25 1 A falsa doutrina é uma das influências satânicas que atua na igreja, e para ela traz aqueles cujo coração não está convertido. Os homens não obedecem às palavras de Jesus Cristo, buscando assim a unidade na fé, no espírito e na doutrina. Não pelejam pela unidade do espírito pela qual Cristo orou e que tornaria o testemunho dos discípulos de Cristo eficiente em convencer o mundo de que Deus enviara Seu Filho ao mundo, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Se entre os filhos de Deus houvesse a união por que Cristo orou, dariam eles um testemunho vivo, e irradiariam resplendente luz que brilhasse entre as trevas morais do mundo. A Satanás é permitido tentar IR52 25 2 Em vez da unidade que devia existir entre os crentes, há desunião; pois a Satanás é permitido entrar e pelos seus enganos e ilusões leva ele, os que de Cristo não estão aprendendo a mansidão e humildade de coração, a seguir um rumo diferente da igreja, e, se possível, a quebrar-lhes a união. Levantam-se homens que falam coisas perversas para atrair discípulos para si. Pretendem que Deus lhes deu grande luz, mas como agem sob sua influência? Seguem eles a atitude assumida pelos dois discípulos na viagem para Emaús? Ao receberem a luz, voltaram e foram ao encontro daqueles a quem Deus guiara e ainda estava guiando, e IR52 25 3 lhes contaram como haviam visto a Jesus e com Ele tinham falado. IR52 25 4 Têm os homens que pretendem ter luz quanto à igreja, assumido tal atitude? Têm-se eles dirigido aos escolhidos de Deus para dar um testemunho vivo, e dar-lhes evidências de que esta luz melhor os habilitaria a preparar um povo para subsistir no grande dia de Deus? Têm eles buscado conselho dos que deram e ainda estão dando a verdade, transmitindo ao mundo a última mensagem de advertência? Têm-se eles aconselhado com os que têm tido profunda experiência nas coisas de Deus? Por que esses homens, tão cheios de zelo pela causa, não estiveram presentes na reunião da Associação Geral realizada em Battle Creek, como os devotos homens estiveram em Jerusalém por ocasião do derramamento do Espírito Santo? No grande coração da obra homens abriram seus tesouros de luz; e enquanto o Senhor derramava Seu Espírito sobre o povo receberam esses homens a unção celestial? Enquanto se manifestavam entre o povo profundos toques do Espírito de Deus e pessoas eram convertidas e corações endurecidos quebrantados, havia os que davam ouvidos às sugestões de Satanás, e estes eram inspirados com zelo que vem de baixo, para saírem proclamando que o próprio povo que estava recebendo o Espírito Santo, e que devia receber a chuva serôdia e a glória que deve iluminar todo o mundo, era Babilônia. Deu o Senhor a esses mensageiros sua mensagem? -- Não; pois essa não era uma mensagem verdadeira. A igreja é a luz do mundo IR52 26 1 Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na IR52 26 2 Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. O mundo é uma oficina em que pela cooperação de agentes humanos e divinos, Jesus está, por Sua graça e divina misericórdia, fazendo experiências em corações humanos. Os anjos ficam admirados ao ver a transformação de caráter efetuada nos que se entregam a Deus, e exprimem sua alegria em cânticos de arrebatado louvor a Deus e ao Cordeiro. Eles vêem os que por natureza são filhos da ira, convertidos, e tornando-se cooperadores de Cristo na obra de atrair almas para Deus. Vêem os que estavam em trevas tornando-se luzes a brilhar em meio da noite moral desta geração ímpia e perversa. Vêem-nos preparar-se por uma experiência semelhante à de Cristo, a fim de sofrer com seu Senhor, e ser depois participantes com Ele das glórias do Céu. IR52 26 3 Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com Sua glória. A oração de Cristo, de que a igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação. Uma obra de demolição IR52 26 4 No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados; e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos. Será possível que dentre nós se levantem homens que falem IR52 27 1 coisas perversas, propagando os mesmos sentimentos que Satanás deseja ver disseminados no mundo, com referência aos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus? Porventura não há trabalho bastante para satisfazer vosso zelo na apresentação da verdade aos que se acham nas trevas do erro? Como os que foram constituídos mordomos de haveres e habilidades, tendes empregado mal os bens do vosso Senhor, disseminando o erro. Todo o mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da lei de Deus, e a igreja que for leal a Jeová terá de empenhar-se num conflito mais que normal. "Não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Efésios 6:12. Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas com todas as suas forças, hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal. IR52 27 2 Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derrubar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. Estão-se aliando com os inimigos de Deus e da verdade. Porão a ridículo a ordem estabelecida no pastorado, considerando-a um sistema eclesiástico imperialista. Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com sua mensagem por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se. Não os recebais; pois Deus não os incumbiu dessa obra. O resultado de semelhante obra será incredulidade nos Testemunhos, e nos limites do possível, tornarão sem IR52 27 3 efeito a obra que por anos tenho estado a fazer. IR52 27 4 Quase toda minha vida tem sido dedicada a esta obra, mas meu encargo muitas vezes se tem tornado mais pesado pelo surgimento de homens que saíram a proclamar uma mensagem que Deus não lhes dera. Esta classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de por esse meio dar influência a seus testemunhos falsos. Quando se tornar manifesto que sua mensagem é um erro, então os Testemunhos postos na companhia do erro, participam da mesma condenação; e o povo do mundo, que não sabe que os Testemunhos citados são extratos de cartas particulares usadas sem meu consentimento, apresenta essa matéria como evidência de que minha obra não é de Deus, nem é verdadeira, mas falsa. Os que assim trazem má fama sobre a obra de Deus terão de responder perante Ele pela obra que estão fazendo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 47-52. ------------------------Capítulo 7 -- Um ministério divinamente designado IR52 28 1 Deus tem uma igreja, e ela tem um ministério designado por Ele. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam IR52 28 2 fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo." Efésios 4:11-15. IR52 28 3 O Senhor tem Seus agentes designados, e uma igreja que tem sobrevivido a perseguições, conflitos e trevas. Jesus amou a igreja, por ela Se entregou, para a aperfeiçoar, refinar, enobrecer e elevar, de maneira que ela fique firme em meio das corruptoras influências deste mundo. Homens designados por Deus foram escolhidos para vigiar com zeloso cuidado, com vigilante perseverança a fim de que a igreja não seja subvertida pelos malignos ardis de Satanás, mas que ela esteja no mundo para promover a glória de Deus entre os homens. Sempre haverá conflitos ferozes entre a igreja e o mundo. Mente entrará em contato com mente, princípio com princípio, a verdade com o erro; mas na crise que em breve há de culminar, e que já começou, os homens de experiência devem fazer a obra que Deus lhes designou, e zelar pelas pessoas sobre as quais têm de dar contas. ... IR52 28 4 Os que estão levando esta mensagem errada, denunciando a igreja como sendo Babilônia, negligenciam a obra que Deus lhes determinou fazer, estão em oposição à organização, opõem-se à clara ordem de Deus pronunciada por Malaquias com relação a trazer todos os dízimos ao tesouro da casa de Deus, e imaginam ter uma obra a fazer no sentido de advertir aqueles a quem Deus escolheu para levar avante Sua mensagem de verdade. Esses obreiros não estão trazendo maior eficiência à causa e ao reino de Deus, mas estão empenhados numa obra idêntica àquela em que o inimigo de toda a justiça se empenha. Que estes homens que se levantam contra os meios e modos ordenados por Deus para levar avante Sua obra nestes dias perigosos, se despojem de todos os pontos de vista não escriturísticos quanto à natureza, ofício e poder dos IR52 29 1 agentes designados por Deus. IR52 29 2 Compreendam todos as palavras que agora escrevo. Os que são coobreiros de Deus, são apenas instrumentos Seus, e em si mesmos não possuem graça ou santidade essenciais. Unicamente quando estão cooperando com os seres celestiais é que têm êxito. São apenas vasos terrenos, os depositários aos quais Deus confia o tesouro de Sua verdade. Poderá Paulo plantar, Apolo regar, mas é Deus, tão-somente, que dá o crescimento. IR52 29 3 Deus fala por meio dos agentes por Ele designados, e que nenhum homem, nem grupo de homens, insultem o Espírito de Deus recusando-se a ouvir a mensagem da Palavra divina dos lábios de Seus mensageiros escolhidos. Recusando-se a ouvir a mensagem de Deus, fecham-se os homens num aposento de trevas. Excluem sua própria alma das grandes bênçãos e roubam a Cristo da glória que Lhe deveria ser dada, mostrando desrespeito para com os agentes que designou. Acautelar-se contra os falsos mestres IR52 29 4 Deus não é autor de confusão, mas de paz. Mas Satanás é inimigo vigilante, que não dorme, sempre a trabalhar sobre mentes humanas, procurando solo para semear seu joio. Se encontra alguém a quem possa empurrar para o seu serviço, sugere-lhe idéias e teorias falsas, tornando-o zeloso em advogar o erro. A verdade não só converte, mas também realiza a purificação de quem a recebe. Jesus nos advertiu contra os falsos mestres. Desde o princípio de nossa obra, têm de quando em quando, surgido homens a advogarem teorias novas e sensacionais. Mas se os que alegam crer na verdade se dirigissem aos que têm experiência e se aproximassem da Palavra de Deus num espírito dócil e humilde, examinando suas teorias à luz da verdade e com o auxílio dos irmãos que têm sido diligentes estudantes das Escrituras, e ao mesmo tempo suplicassem IR52 30 1 a Deus, perguntando: É este o caminho do Senhor, ou é um caminho falso, para o qual Satanás quer me levar? então receberiam luz e escapariam do laço do passarinheiro. IR52 30 2 Precavenham-se todos os nossos irmãos e irmãs de qualquer que marque tempo para o Senhor cumprir Sua palavra a respeito de Sua vinda, ou acerca de qualquer outra promessa de especial importância, por Ele feita. "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder." Atos 1:7. Falsos mestres podem parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem empregar meios para apresentar ao mundo e à igreja as suas teorias; mas como misturam o erro com a verdade, sua mensagem é de engano, e levará pessoas para caminhos falsos. Deve-se-lhes fazer oposição, não porque sejam homens maus, mas porque são mestres de falsidades e procuram colocar sobre a falsidade o sinete da verdade. IR52 30 3 Que lástima, darem-se homens a tais trabalhos para descobrir alguma teoria errônea, quando existe abundância de preciosas gemas da verdade, pelas quais o povo pode ser enriquecido da mais santa fé. Em vez de ensinar a verdade, deixam a imaginação demorar-se naquilo que é novo e estranho, e lançam-se em desarmonia com aqueles que Deus usa para levar Seu povo para a plataforma da verdade. Lançam de lado tudo que já foi dito acerca da unidade de sentimento e pensamento, e pisam sobre a oração de Cristo como se a unidade em favor da qual orou não fosse essencial, e não houvesse necessidade de serem os Seus seguidores um, como Ele é um com o Pai. Escapam pela tangente e, como Jeú, convidam seus irmãos a seguirem seu exemplo de zelo pelo Senhor. IR52 30 4 Se seu zelo os levasse a trabalhar no mesmo rumo em que trabalham os seus irmãos, que têm suportado o calor e fadiga do dia, se fossem tão perseverantes IR52 30 5 como eles para vencer desânimos e obstáculos, bem poderiam então ser imitados, e Deus os aceitaria. Mas merecem ser condenados os homens que iniciam uma proclamação de possuírem maravilhosa luz, e ao mesmo tempo puxam em sentido contrário aos agentes guiados por Deus. Foi este o procedimento de Coré, Datã e Abirã, e sua conduta se acha registrada como advertência a todos os outros. Não devemos fazer o que eles fizeram -- acusar e condenar aqueles sobre os quais Deus colocou o peso da obra. IR52 30 6 Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Babilônia, têm feito uso dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação de minha mensagem -- unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: "Uni-vos, uni-vos, uni-vos"? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que "na união há força, na divisão há fraqueza"? São mensagens como as que esses homens têm proclamado, que dividem a igreja e trazem sobre nós opróbrio perante os inimigos da verdade; e nessas mensagens se revela claramente a astuta atuação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as labaredas de seu fogo, agem segundo seu juízo independente, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Rejeitam o conselho de seus irmãos, e avançam em seu caminho até se tornarem justamente o que Satanás deseja -- de espírito desequilibrado. IR52 31 1 Advirto meus irmãos a que se guardem contra a atuação de Satanás em todas as formas. O grande adversário de Deus e do homem exulta hoje por ter tido êxito em iludir almas, e em desviar seus meios e habilidade para condutos danosos. Seu dinheiro poderia ter sido empregado em promover a verdade presente, mas IR52 31 2 em vez disso foi expendido em apresentar noções que não têm base na verdade. ... Outro exemplo IR52 31 3 Em 1845 um homem chamado Curtis(7), fez obra semelhante no Estado de Massachusetts. Apresentou uma falsa doutrina, entretecendo em suas teorias sentenças e trechos dos Testemunhos, e publicou-as no Day Star e em folhetos. Durante anos essas produções trouxeram seus frutos daninhos, acarretando opróbrio sobre os Testemunhos, que, como um todo, de modo algum apoiavam sua obra. Meu marido escreveu-lhe, perguntando-lhe o que intencionava, apresentando os Testemunhos entretecidos com suas próprias palavras, em apoio daquilo a que nos opúnhamos, e solicitou-lhe que corrigisse a impressão que seu trabalho causara. Ele se recusou terminantemente a fazê-lo, dizendo que suas teorias eram verdades, e que as visões deviam ter confirmado seus pontos de vista, e que elas virtualmente as apoiavam, mas que eu me esquecera de escrever os assuntos que explanavam suas teorias. IR52 31 4 Sempre, desde o princípio da obra, têm surgido um após outro para efetuar essa espécie de trabalho, e eu tenho tido de dar-me ao incômodo, e incorrer nas despesas de contradizer essas falsidades. Eles têm publicado suas teorias, e iludido muitas almas, mas que Deus guarde as ovelhas do Seu pasto! -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 52-57. ------------------------Capítulo 8 -- Deus tem uma igreja IR52 32 1 Insto com os que professam crer na verdade, que andem em união com os irmãos. Não procureis dar ao mundo ocasião de dizer que somos extremistas, que IR52 32 2 somos desunidos, que um ensina uma coisa e outro, outra. Evitai a dissensão. Esteja cada qual em guarda, e seja cuidadoso a fim de que seja encontrado na brecha, para restaurar a ruptura, em vez de se colocar junto do muro a procurar fazer uma brecha. Sejam todos cuidadosos para não clamarem contra o único povo que está cumprindo a descrição dada do povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus, e que exalta a norma de justiça nestes últimos dias. IR52 32 3 Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em seus recursos para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. Tem Deus agentes divinamente designados -- homens a quem Ele está guiando, que suportaram o calor e a fadiga do dia, que cooperam com os instrumentos celestiais para promoverem o reino de Cristo em nosso mundo. Unam-se todos a esses agentes escolhidos, e sejam afinal encontrados entre os que têm a paciência dos santos, guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus. ... A carta IR52 32 4 O que segue é a carta enviada ao irmão S: Napier, Nova Zelândia, 23 de Março de 1893. IR52 32 5 Prezado irmão S: "Dirijo-vos algumas linhas. Não estou em harmonia com a posição que o irmão adotou, pois me foi mostrado pelo Senhor que justamente tal posição assumirão os que laboram em erro. Paulo nos deu advertências a esse respeito: 'Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.' 1 Timóteo 4:1. IR52 32 6 "Meu irmão, soube que estais assumindo a posição de que a igreja adventista do sétimo dia é Babilônia e de que todos os que se querem salvar devem sair dela. Não sois o único homem que o diabo tem enganado nessa questão. Durante os últimos quarenta anos, um homem após outro tem-se levantado, alegando que o Senhor o enviou com a mesma mensagem; mas permiti-me dizer-vos, como a eles tenho dito, que essa mensagem que proclamais é um dos enganos satânicos destinados a criar confusão entre as igrejas. IR52 33 1 "Meu irmão, certamente estais fora do caminho. A mensagem do segundo anjo devia ir a babilônia [às igrejas] proclamando sua queda e convidando o povo a sair dela. Essa mesma mensagem deve ser proclamada pela segunda vez. 'E, depois destas coisas, vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, e abrigo de todo o espírito imundo, e refúgio de toda a ave imunda e aborrecível! Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição. Os reis da Terra se prostituíram com ela. E os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela.' Apocalipse 18:1-5. IR52 33 2 "Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, estais errado. Deus não vos deu nenhuma mensagem assim para proclamar. Satanás usará toda pessoa a que possa ter acesso, inspirando homens a criar falsas teorias, ou a se desviar por qualquer tangente errada, para dar origem a um falso reavivamento, e assim desviar as pessoas do IR52 33 3 verdadeiro assunto para este tempo. Presumo que algumas pessoas poderão ser enganadas por vossa mensagem, porque estão cheias de curiosidade e do desejo de alguma coisa nova. IR52 33 4 "Entristece-me verdadeiramente serdes enganado de qualquer maneira pelas sugestões do inimigo, pois sei que a teoria que advogais não é a verdade. Apresentando as idéias que apresentais, causareis grande prejuízo tanto a vós mesmo como aos outros. Não procureis interpretar mal, torcer e perverter os Testemunhos para justificar qualquer mensagem de erro. Muitos já têm passado por esse terreno, e têm causado grande mal. Ao saírem outros precipitadamente, cheios de zelo, para proclamar essa mensagem, vez após vez, foi-me mostrado não ser ela a verdade. IR52 33 5 "Compreendo que também estais proclamando que não devemos dar o dízimo. Meu irmão, tirai o sapato de vossos pés, pois o lugar em que estais é terra santa. O Senhor falou com relação a dar os dízimos. Ele disse: 'Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.' Malaquias 3:10. Mas ao mesmo tempo em que pronuncia uma bênção sobre todos os que trazem seus dízimos, pronuncia uma maldição sobre os que os retêm. Muito recentemente tive luz direta do Senhor sobre essa questão, a de que muitos adventistas do sétimo dia estavam roubando a Deus nos dízimos e ofertas, e me foi claramente revelado que Malaquias apresentou o caso como ele realmente é. Como ousa então o homem até mesmo pensar em seu coração que uma sugestão para reter os dízimos e ofertas vem do Senhor? Onde, meu irmão, vos desviastes do caminho? Oh, ponde os vossos pés de novo no caminho reto! IR52 34 1 "Estamos perto do fim, mas se vós ou qualquer outro homem fordes seduzidos pelo inimigo e levados a estabelecer o tempo para a vinda de Cristo, estareis fazendo o mesmo mau trabalho que causou a ruína da alma dos que isto fizeram no passado. IR52 34 2 "Se estiverdes levando o jugo de Cristo, se estiverdes levantando Sua carga, vereis que há muito a fazer nos mesmos ramos em que os servos de Deus estão trabalhando -- em pregar a Cristo, e Este crucificado. Mas qualquer que se lance a proclamar uma mensagem que anuncie a hora, o dia ou o ano do aparecimento de Cristo, tomou um jugo e está proclamando uma mensagem que o Senhor nunca lhe deu. IR52 34 3 "Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador; mas a igreja militante não é a igreja triunfante. Há joio entre o trigo. 'Queres, pois, que vamos arrancá-lo?' (Mateus 13:28), foi a pergunta do servo; mas o pai de família respondeu: 'Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.' Mateus 13:29. A rede do evangelho apanha não só peixes bons, mas também ruins, e só o Senhor sabe quem são os Seus. IR52 34 4 "É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem estranha, nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que procuram andar na luz, componham Babilônia. As igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da existência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus. Estes erros e IR52 34 5 outros semelhantes são apresentados ao mundo pelas várias igrejas, e assim se cumprem as Escrituras que dizem: 'Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição.' Apocalipse 18:3. É uma ira criada por doutrinas falsas, e quando reis e presidentes sorvem esse vinho da ira da sua prostituição, enchem-se de ódio contra os que não concordam com as heresias falsas e satânicas que exaltam o sábado falso, e levam os homens a pisarem a pés o monumento de Deus. IR52 35 1 "Anjos caídos formam, na Terra, confederações com homens maus. Nessa época aparecerá o anticristo, como o Cristo verdadeiro, e então a lei de Deus será anulada completamente entre as nações do mundo. Alcançará seu ponto mais alto a rebelião contra a santa lei de Deus. Mas o verdadeiro líder de toda essa rebelião é Satanás disfarçado em anjo de luz. Os homens serão iludidos e o exaltarão ao lugar de Deus, deificando-o. Mas a Onipotência intervirá, e às igrejas apostatadas que se unirem na exaltação de Satanás, se expedirá a sentença: 'Portanto, num dia virão as suas pragas: a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo, porque é forte o Senhor Deus, que a julga.'" Apocalipse 18:8. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 57-62. ------------------------Capítulo 9 -- O amor de Deus por Sua igreja Outra carta IR52 35 2 Wellington, Nova Zelândia, 11 de Junho de 1893. IR52 35 3 Caro Irmão C: O Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os adventistas do sétimo dia Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. Todas as razões que possais apresentar não podem, quanto a mim, ter peso nesse assunto, porque o Senhor me deu decisivo esclarecimento em oposição a tal mensagem. IR52 35 4 Não duvido de vossa sinceridade e honestidade. Tenho escrito, em diversas ocasiões, longas cartas aos que estavam acusando a Igreja dos adventistas do sétimo dia de ser Babilônia, de que não estavam lidando com a verdade. Pensais que pessoas me têm incutido preconceitos no espírito. Se me encontro neste estado, não sou apta a que se me confie a obra de Deus. Mas esse assunto me foi apresentado à mente em outros casos em que indivíduos pretenderam ter mensagens de caráter idêntico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi-me dada a palavra: "Não os creiais." "Eu não os enviei, e todavia eles correram." IR52 36 1 Deus está guiando a saída de um povo. Ele tem um povo, uma igreja na Terra, os quais Ele tornou depositários de Sua lei. Confiou-lhes sagrado depósito e verdade eterna para ser dada ao mundo. Ele os reprovaria e corrigiria. A mensagem aos laodiceanos aplica-se aos adventistas do sétimo dia que têm tido grande esclarecimento e não têm andado na luz. São aqueles que têm feito grande profissão, mas não andado a par com seu Líder, que serão vomitados de Sua boca, a menos que se arrependam. A mensagem que declara a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus. IR52 36 2 Diz a Testemunha Verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os IR52 36 3 olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:18-21. "Eu repreendo e castigo" IR52 36 4 Jesus vem para dar aos membros da Igreja, individualmente, as mais ricas bênçãos, uma vez que eles Lhe abram a porta. Ele não os chama nem uma vez Babilônia, nem pede que saiam. Mas diz: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo". Apocalipse 3:19 (com mensagens de reprovação e advertência). Essas reprovações, eu não ignoro. Tenho dado advertências porque o Espírito do Senhor me tem constrangido a fazê-lo, e tenho proferido reprovações porque o Senhor me tem dado palavras de reprovação. Não tenho recuado de declarar todo o conselho de Deus, que me tem sido dado para a Igreja. Direi no temor de Deus: Sei que o Senhor tem pensamentos de amor e misericórdia para restaurá-los e curá-los de todas as suas prevaricações. Ele tem uma obra para a Sua Igreja fazer. Eles não devem ser declarados Babilônia, mas serem o sal da Terra, a luz do mundo. Devem ser os mensageiros vivos para proclamar uma mensagem viva nestes últimos dias. A igreja não deve ser esfacelada IR52 37 1 Digo novamente: O Senhor não falou por nenhum mensageiro que chame a igreja que observa os mandamentos de Deus, Babilônia. É verdade que há joio com o trigo, mas Cristo disse que enviaria Seus anjos para juntar primeiro o joio e atá-lo em molhos para ser queimado, mas recolher o trigo no celeiro. Sei que o Senhor ama Sua Igreja. Ela não deve ser desorganizada IR52 37 2 ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada. Há em alguns dos membros da Igreja orgulho, presunção, obstinada incredulidade, e recusa a ceder em suas idéias, embora se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não extinguirá a Igreja. Deixai que tanto o joio como o trigo cresçam juntos até à ceifa. Então os anjos é que farão a obra de separação. IR52 37 3 Advirto a Igreja Adventista do Sétimo Dia a ser cuidadosa quanto à maneira por que recebeis toda idéia nova e aqueles que pretendem ter grande iluminação. O caráter de sua obra parece ser acusar e despedaçar. Dêem os crentes ouvidos à voz do anjo que disse à igreja: "Uni-vos." Na união está a vossa força. Amai como irmãos, sede compassivos, corteses. Deus tem uma Igreja, e Cristo declarou: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mateus 16:18. Os mensageiros que o Senhor envia apresentam as credenciais divinas. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1893. ------------------------Capítulo 10 -- Uma segurança freqüentemente repetida IR52 38 1 O Pai ama hoje Seu povo como ama Seu próprio Filho. Algum dia teremos a oportunidade de vê-Lo face a face. -- Manuscrito 103, 1903. IR52 38 2 Devemos lembrar-nos de que a Igreja, débil e defeituosa como possa ser, é o único objeto na Terra ao IR52 38 3 qual Cristo dispensa Seu supremo cuidado. Ele a guarda constantemente com Sua solicitude, e a fortalece pelo Seu Espírito. -- Manuscrito 155, 1902. IR52 38 4 Confiai na proteção de Deus. Sua igreja deve ser ensinada. Débil e defeituosa como possa ser, é ela o objeto de Seu supremo cuidado. -- Carta 279, 1904. Sempre ganhando terreno IR52 38 5 A igreja deve crescer em atividade e alargar seus limites. Nossos esforços missionários devem ser expansivos; temos de alargar nossos limites. ... IR52 38 6 Conquanto haja violentas lutas no esforço de mantermos nosso caráter distintivo, contudo, como cristãos bíblicos, devemos estar sempre ganhando terreno. Lembremo-nos de que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria; devemos trabalhar com fervor, orando para que a graça salvadora de Deus nos instrua em cada passo. Sempre devemos procurar certificar-nos da vontade do Senhor, e andar em harmonia com ela. Prossigamos em conhecer o Senhor, ao qual conhecer corretamente significa vida eterna. -- Carta 170, 1907. IR52 38 7 A prova que tivemos, nos últimos cinqüenta anos, da presença do Espírito de Deus em nós, como um povo, suportará a prova dos que se enfileiram ao lado do inimigo e concentram suas energias contra a mensagem de Deus. -- Carta 356, 1907. IR52 38 8 Eu vos escrevo estas coisas, meus irmãos, embora todos vós não possais compreendê-las plenamente. Se eu não cresse que os olhos de Deus estão sobre Seu IR52 38 9 povo, eu não teria tido ânimo de escrever repetidamente as mesmas coisas. ... Deus tem um povo a quem Ele dirige e instrui. -- Carta 378, 1907. IR52 38 10 Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia de todo o mundo: Deus nos chamou como um povo para ser um tesouro peculiar para Ele. Ele determinou que Sua igreja na Terra permaneça perfeitamente unida no Espírito e no conselho do Senhor dos Exércitos no fim do tempo. -- Carta 54, 1908. IR52 38 11 Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. IR52 39 1 As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra. IR52 39 2 Nada neste mundo é tão caro a Deus como Sua igreja. Com zeloso cuidado Ele guarda os que O buscam. Nada desgosta tanto a Deus como o se empenharem os servos de Satanás em despojar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou Seu povo. Satanás lhes aponta os erros cometidos, e procura fazê-los crer que, dessa forma, se separaram a si mesmos de Deus. Anjos maus procuram, de todas as formas, desanimar os que lutam pela vitória sobre o pecado. Esses anjos exibem diante deles sua indignidade passada, e apresentam seu caso como sem esperança. -- Carta 136, 1910. ------------------------Capítulo 11 -- Nosso nome denominacional IR52 39 3 Foi-me mostrado o modo por que o povo remanescente de Deus obteve seu nome. Duas classes de pessoas me foram apresentadas. Uma abrangia as grandes corporações de cristãos professos. Estes tripudiavam sobre a lei divina, inclinando-se diante de uma instituição papal. Observavam o primeiro dia da semana em vez do sábado do Senhor. A outra classe, posto que pequena em número, tributava obediência ao grande Legislador. Estes guardavam o quarto mandamento. As feições peculiares e preeminentes de sua fé são a observância do sétimo dia e a expectativa da volta de Cristo nas nuvens do céu. IR52 39 4 Não podemos adotar outro nome mais apropriado do que esse que concorda com a nossa profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar. O nome Adventista do Sétimo Dia é uma contínua repreensão ao mundo protestante. É aqui que está a linha divisória entre os que adoram a Deus e os que adoram a besta e recebem seu sinal. O grande conflito é entre os mandamentos de Deus e as exigências da besta. E porque os santos guardam todos os mandamentos de Deus, que o dragão lhes move guerra. Se rebaixassem seu padrão e cedessem nas particularidades de sua fé, o dragão estaria satisfeito; mas provocam sua ira por ousarem exaltar o padrão e promover o estandarte de oposição ao mundo protestante que reverencia uma instituição do papado. IR52 40 1 O nome Adventista do Sétimo Dia exibe o verdadeiro caráter de nossa fé e será próprio para persuadir aos espíritos indagadores. Como uma flecha da aljava do Senhor, fere os transgressores da lei divina, induzindo ao arrependimento e à fé no Senhor Jesus Cristo. IR52 40 2 Foi-me mostrado que quase todos os fanáticos, que surgem, no desejo de ocultar seus verdadeiros IR52 40 3 sentimentos a fim de iludir outros, afirmam pertencer à igreja de Deus. Esse nome havia por isso de despertar imediatamente suspeitas, porque é usado para ocultar os erros mais absurdos. É demasiadamente vago para designar o povo remanescente de Deus. Demais, daria lugar à suspeita de que temos uma fé que desejamos ocultar. -- Testimonies for the Church 1:223, 224. IR52 40 4 Somos adventistas do sétimo dia. Evergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: "Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas." -- Carta 110, 1902. IR52 40 5 Somos adventistas do sétimo dia, e desse nome nunca nos devemos envergonhar. Cumpre-nos, como um povo tomar firme posição ao lado da verdade e da justiça. Assim glorificaremos a Deus. Havemos de ser livrados de perigos, e não enredados nem corrompidos por eles. Para que isso aconteça, precisamos olhar sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. -- Carta 106, 1903. ------------------------Capítulo 12 -- A Associação Geral IR52 40 6 Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de outro homem qualquer. Quando, porém, o julgamento da Associação Geral, que é a mais elevada autoridade que Deus tem sobre a Terra, é exercido, a independência e o juízo privados não devem ser mantidos, mas submetidos. -- Testimonies for the Church 3:492. IR52 41 1 Não tive nenhum raio de luz que Ele [o Senhor] me IR52 41 2 desse para vir a este País [Austrália]. Vim em submissão à voz da Associação Geral, a qual sempre sustentei ser autoridade. -- Carta 124, 1896. IR52 41 3 Nunca deve a mente de um homem ou de uns poucos homens ser considerada suficiente em sabedoria e autoridade para controlar a obra, e dizer quais os planos que devam ser seguidos. Mas quando numa assembléia geral é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral. IR52 41 4 Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isso não equivale a dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Associação Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e progresso de Sua obra. IR52 41 5 Quando este poder, que Deus colocou na igreja, é IR52 41 6 entregue inteiramente a um só homem, e ele é revestido da autoridade de servir de critério para outros espíritos, acha-se então mudada a verdadeira ordem da Bíblia. Os esforços de Satanás sobre o espírito de tal homem seriam os mais sutis, e por vezes quase dominantes; pois o inimigo teria a esperança de, por meio do seu espírito, poder influenciar muitos outros. Demos à mais altamente organizada autoridade na igreja aquilo que somos propensos a dar a um único homem ou a um pequeno grupo de homens. -- Testimonies for the Church 9:260, 261. Nenhuma nova organização IR52 41 7 Declarou o Senhor que a história do passado se repetirá, ao começarmos a obra finalizadora. Cada verdade por Ele dada para estes últimos dias deve ser proclamada ao mundo. Cada coluna que Ele ergueu, deve ser fortalecida. Não podemos agora descer dos fundamentos que Deus estabeleceu. Não podemos agora entrar para qualquer organização nova; pois isso significaria apostatar da verdade. 1905, Notebook Leaflet, "The Church", n 1 (escrito em 24 de Dezembro de 1905). Deus está ao leme IR52 42 1 Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se, na direção da obra, houver coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará, e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz o povo de Deus. -- The Review and Herald, 20 de Setembro de 1892. ------------------------Capítulo 13 -- Últimas mensagens à assembléia da Associação Geral IR52 42 2 "Elmshaven", Sanatório, Califórnia, 4 de Maio de 1913, Aos que se acham reunidos na Assembléia da Associação Geral, Saudações! IR52 42 3 Prezados Irmãos: "Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus." IR52 43 1 "Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do Seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem." IR52 43 2 "Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós." IR52 43 3 "Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." Esperança e ânimo IR52 43 4 É o privilégio de nossos homens representativos, ao assistirem à Assembléia da Associação Geral, nutrirem um espírito de esperança e ânimo. Meus irmãos, o Salvador tem Se revelado a vós em múltiplas maneiras; encheu vosso coração com a luz irradiada de Sua presença enquanto trabalháveis em terras distantes e na pátria; guardou-vos através de perigos visíveis e invisíveis; e agora, ao vos reunirdes uma vez mais com vossos irmãos em concílio, é vosso privilégio alegrar-vos no Senhor, e regozijar-vos no conhecimento de Sua mantenedora graça. Tome Seu amor posse de espírito e coração. Acautelai-vos quanto a vos fatigardes demasiado, gastar-vos de cuidados, ficardes deprimidos. Dai testemunho de molde a erguer. Desviai os olhos do que é sombrio e desanimador, e olhai a Jesus, nosso grande Líder, sob cuja vigilante supervisão a causa da verdade presente, à qual damos nossa vida e tudo quanto possuímos, destina-se a triunfar gloriosamente. IR52 43 5 A atitude que nossos homens representativos mantiverem durante a assembléia, exercerá poderosa influência sobre todos através do campo, bem como nos próprios delegados. Oh, seja visto, meus irmãos, que Jesus habita no coração, sustentando, fortalecendo, confortando. É vosso privilégio ser dia a dia dotados com rica medida de Seu Santo Espírito, e ter ampla IR52 44 1 visão da importância e do objetivo da mensagem que estamos proclamando ao mundo. O Senhor está disposto a revelar-vos coisas maravilhosas de Sua lei. Demorai-vos perante Ele em humildade de coração. Orai com o máximo fervor por compreensão dos tempos em que vivemos, por mais plena concepção de Seu desígnio e por acrescida eficiência no salvar pessoas. IR52 44 2 Muitas vezes, durante a noite é-me ordenado motivar nossos irmãos em posições de responsabilidade a fazerem diligentes esforços para prosseguir em conhecer o Senhor mais perfeitamente. Quando nossos obreiros compreenderem como lhes cumpre a importância dos tempos em que vivemos, ver-se-á decidido propósito de estar ao lado do Senhor, e eles se tornarão na verdade cooperadores de Deus. Quando eles consagrarem alma e coração ao serviço de Deus, verificarão ser essencial uma experiência mais profunda do que qualquer deles tem obtido, se é que queiram triunfar sobre todo pecado. IR52 44 3 Convém-nos considerar o que sobrevirá brevemente à Terra. Não estamos em tempo de frivolidades ou de andar em busca dos próprios interesses. Caso os tempos em que vivemos deixem de impressionar seriamente nosso espírito, que nos pode atingir? Não pedem as Escrituras uma obra mais pura e santa do que já nos foi dado ver? Convite à reconsagração IR52 44 4 Necessitam-se agora homens de esclarecida compreensão. Deus convida os que estão dispostos a ser regidos pelo Espírito Santo a liderarem uma obra de completa reforma. Vejo uma crise diante de nós, e o Senhor convida Seus obreiros a se enfileirarem. Toda pessoa deve estar agora em posição de mais profunda, mais genuína consagração a Deus que durante os anos passados. IR52 44 5 Durante a Assembléia da Associação Geral de 1909 devia haver sido feita no coração dos que a ela assistiram, uma obra que não foi realizada. Deviam haver sido consagradas horas ao exame de coração, as quais haveriam levado ao quebrantamento do inculto solo do coração daqueles que se achavam ali reunidos. Isso lhes haveria dado visão para compreender a obra tão essencial a ser feita por eles em arrependimento e confissão. Mas, se bem que fossem dadas oportunidades para confissão de pecados, para sincero arrependimento, e para decidida reforma, não foi feita completa obra. Alguns sentiram a influência do Espírito Santo, e corresponderam; mas nem todos cederam a essa influência A mente de alguns andava por caminhos proibidos. Houvesse da parte de todos na assembléia uma humilhação de coração, e ter-se-ia manifestado maravilhosa bênção. IR52 44 6 Por vários meses, depois do encerramento da reunião, senti pesada responsabilidade, e insisti em chamar a atenção dos irmãos responsáveis para as coisas que o Senhor me instruía a apresentar-lhes claramente. Afinal, alguns dos que ocupavam posições de confiança em relação com a obra geral, depois de muita oração e cuidadoso estudo das várias mensagens dadas, aventuraram-se a empreender pela fé a obra solicitada -- uma obra que eles não podiam compreender plenamente; e ao avançarem no temor de Deus, receberam preciosas bênçãos. Resultado de andar na luz IR52 45 1 Trouxe grande regozijo a meu coração ver as maravilhosas transformações operadas na vida de alguns que assim decidiram avançar pela fé no caminho do Senhor, de preferência a seguir a senda de sua própria escolha. Houvessem aqueles irmãos de responsabilidade continuado a ver os assuntos sob falso aspecto, e IR52 45 2 haveriam criado um estado de coisas que mancharia lamentavelmente a obra; quando, porém, deram ouvidos às instruções enviadas, e buscaram o Senhor, Deus levou-os a pleno esclarecimento, e habilitou-os a prestar serviço aceitável e a promover reformas espirituais. IR52 45 3 Quando o Senhor põe a mão para preparar o caminho diante de Seus ministros, é dever deles seguir aonde Ele os dirija. Ele nunca abandona ou deixa em incerteza os que Lhe seguem a guia com inteiro propósito de coração. Uma expressão de confiança IR52 45 4 "Regozijo-me", irmãos, "de em tudo poder confiar em vós." E ao passo que experimento ainda a mais profunda ansiedade quanto à atitude que alguns estão assumindo para com importantes medidas relacionadas com o desenvolvimento da causa de Deus na Terra, tenho todavia vigorosa fé nos obreiros através do campo, e creio que à medida que eles se reunirem e humilharem perante o Senhor e se consagrarem novamente a Seu serviço, serão habilitados a fazer Sua vontade. Alguns há que, nem mesmo agora, vêem os assuntos em seu justo aspecto, mas esses podem aprender a ver em harmonia com seus coobreiros, e evitar cometer erros sérios, mediante o buscarem diligentemente o Senhor neste tempo, e submeterem sua vontade inteiramente à vontade de Deus. IR52 45 5 Tenho sido profundamente impressionada por cenas recentemente passadas diante de mim durante a noite. Parecia estar ocorrendo em muitos lugares um grande movimento -- uma obra de reavivamento. Nosso povo cerrou fileiras correspondendo ao chamado de Deus. Meus irmãos, o Senhor está a falar-nos. Não Lhe atenderemos à voz? Não prepararemos nossas lâmpadas, e agiremos como pessoas que aguardam a vinda de seu Senhor? O tempo é daqueles que requerem IR52 46 1 portadores de luz, pedem ação. IR52 46 2 "Rogo-vos, pois", irmãos, "que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz." Efésios 4:1-3. -- The General Conference Bulletin, 19 de Maio de 1913, p. 33, 34. ------------------------Capítulo 14 -- Ânimo no Senhor IR52 46 3 Recentemente durante a noite, minha mente foi impressionada pelo Espírito Santo com o pensamento de que se o Senhor logo há de vir, como cremos, deveremos ser mais ativos do que temos sido em anos passados no apresentar a verdade ao povo. IR52 46 4 Nesse sentido, o meu espírito retrocedeu à atividade dos crentes do advento em 1843 e 1844. Nesse tempo havia muita visita de casa em casa, e faziam-se esforços infatigáveis para advertir o povo das coisas de que fala a Palavra de Deus. Deveríamos estar fazendo ainda maiores esforços do que os tão fielmente feitos pelos que proclamaram a primeira mensagem angélica. Estamo-nos rapidamente aproximando do fim da história da Terra; e ao reconhecermos que verdadeiramente Jesus logo virá, erguer-nos-emos para trabalhar como nunca dantes. É-nos mandado fazer soar para o povo um toque de alarme. E em nossa vida devemos mostrar o poder da verdade e da justiça. Deverá o mundo em breve enfrentar o grande Legislador, por causa de Sua lei quebrantada. Apenas os que se desviarem da transgressão para a obediência, podem esperar perdão e paz. IR52 46 5 Devemos erguer a bandeira em que está escrito: IR52 46 6 "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." A obediência à lei de Deus é a grande questão. Não seja ela perdida de vista. Devemos estimular os membros da igreja e os que não fazem profissão de fé, a verem os reclamos da lei do Céu e a eles obedecerem. Devemos engrandecer a lei e fazê-la gloriosa. IR52 47 1 Cristo nos comissionou para semear as sementes da verdade, e incutir em nosso povo a importância do trabalho que deve ser feito em prol dos que vivem em meio às cenas finais da história da Terra. Ao serem proclamadas as palavras da verdade nos caminhos e valados, deve haver uma revelação da operação do Espírito de Deus nos corações humanos. IR52 47 2 Oh! quanto bem poderia ser realizado se todos quantos possuem a verdade, a Palavra da vida, trabalhassem para iluminar os que a não têm. Quando, atendendo ao convite da samaritana, os samaritanos foram ter com Cristo, Ele os comparou, para os discípulos, a uma plantação de trigo, em ponto de ceifar. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?", disse Ele. "Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." João 4:35. Cristo ficou com os samaritanos dois dias, pois estavam famintos de ouvir a verdade. E como foram trabalhosos aqueles dias! Como resultado desses dias de trabalho, "muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra". João 4:41. Seu testemunho foi este: "Nós mesmos O temos ouvido e sabemos que Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo." João 4:42. IR52 47 3 Quem dentre o professo povo de Deus empreenderá esta sagrada tarefa, e trabalhará em favor dos que perecem por falta de conhecimento? O mundo precisa ser advertido. Muitos lugares me são indicados como estando necessitados de esforços, consagrados, fiéis e infatigáveis. Cristo está abrindo o coração e a mente de muitos em nossas grandes cidades. Estes IR52 47 4 precisam das verdades da Palavra de Deus; e se estabelecermos comunhão sagrada com Cristo, e buscarmos entrar em contato com essas pessoas, far-se-ão impressões para bem. Precisamos despertar e entrar em afinidade com Cristo e com os nossos semelhantes. As cidades grandes e pequenas e as localidades próximas e distantes, precisam ser trabalhadas, e isso com sabedoria. Nunca recueis. Se trabalharmos em uníssono com o Espírito de Deus, o Senhor fará as devidas impressões nos corações. IR52 47 5 Tenho para vós palavras de animação, meus irmãos. Devemos avançar com fé e esperança, esperando de Deus grandes coisas. O inimigo buscará de toda maneira impedir os esforços feitos para a propagação da verdade, mas na força do Senhor podeis alcançar êxito Não se profiram palavras desanimadoras, mas somente as que se destinam a fortalecer e ajudar os coobreiros. Um assunto pessoal IR52 47 6 Almejo empenhar-me pessoalmente em trabalho ativo no campo, e por certo não me empenharia em mais trabalho público se não cresse que, na minha idade, não é prudente confiar alguém nas suas forças físicas. Tenho um trabalho para fazer na comunicação à igreja e ao mundo da luz que de quando em quando me foi confiada em todos estes anos em que a terceira mensagem angélica tem sido proclamada. Enche-me o coração o desejo mais intenso de apresentar a mensagem a todos quantos possam ser alcançados. Ainda estou fazendo a minha parte na preparação de matéria para publicação. Preciso, porém, agir com muita cautela, para que não caia em situação em que não mais possa escrever. Não sei quanto tempo de vida ainda terei, mas o meu estado de saúde não é tão mau quanto eu poderia esperar que fosse. IR52 48 1 Depois da assembléia geral de 1909, passei algumas semanas atendendo a reuniões campais e a outras reuniões gerais, e visitando várias instituições na Nova Inglaterra, Estados centrais e Ocidente Médio. IR52 48 2 Logo que voltei para casa, na Califórnia, reassumi o meu trabalho de preparação de originais para o prelo. Durante os últimos quatro anos, escrevi comparativamente poucas cartas. Toda a energia de que dispus foi principalmente empregada na terminação do importante trabalho de escrever livros. IR52 48 3 Uma ou outra vez assisti a reuniões, e tenho visitado instituições na Califórnia, mas desde a última assembléia geral, a maior parte do meu tempo foi empregada no preparo de manuscritos em minha casa campestre "Elmshaven", perto de Santa Helena. IR52 48 4 Sou grata a Deus por me haver poupado a vida para trabalhar um pouco mais nos meus livros. Oh! se eu tivesse forças para fazer tudo quanto vejo que precisa ser feito! Oro para que Ele me conceda sabedoria, a fim de que as verdades de que nosso povo tanto necessita possam ser apresentadas de modo claro e aceitável. Sou levada a crer que Deus me permitirá fazer isso. IR52 48 5 Meu interesse na obra em geral é ainda tão intenso quanto antes, e desejo grandemente que a causa da verdade presente avance firmemente em todas as partes do mundo. Considero prudente, porém, não empreender muita atividade pública enquanto o meu trabalho de escrever livros requer a minha atenção. Conto com alguns dos melhores obreiros -- aqueles que, pela providência divina, a mim se associaram na Austrália, bem como outros que me têm auxiliado desde que voltei para a América. Agradeço ao Senhor por esses auxiliares. Estamos todos muito ocupados, fazendo o melhor que nos é possível na preparação de originais para publicação. Quero que a luz da verdade vá a toda parte, para que ilumine os que agora ignoram as razões de IR52 48 6 nossa fé. Dias há em que os meus olhos me incomodam e doem bastante. Porém louvo o Senhor por me conservar a vista. Não seria de estranhar que, na minha idade, eu não pudesse de todo enxergar. IR52 49 1 Estou mais agradecida do que me é possível dizê-lo em palavras pelo amparo do Espírito do Senhor, pelo conforto e graça que continua a dar-me, e por me conceder Ele as forças para transmitir ânimo e auxílio ao nosso povo, e pela oportunidade de fazê-lo. Enquanto o Senhor me poupar a vida, eu Lhe serei fiel, buscando fazer a Sua vontade e glorificar o Seu nome. Que o Senhor me aumente a fé, para que eu prossiga conhecendo-O e fazendo-Lhe mais perfeitamente a vontade. Bom é o Senhor, e digno de todo o louvor. A influência dos obreiros mais idosos IR52 49 2 Desejo intensamente que os idosos soldados da cruz, que se gastaram no serviço do Mestre, continuem dando um testemunho fidelíssimo, a fim de que os mais novos na fé possam compreender que as mensagens que o senhor nos concedeu no passado, são muito importantes nesta fase da história da Terra. Nossa experiência passada não perdeu nem um til de sua força. IR52 49 3 Sejam todos prudentes em não desanimar os pioneiros, nem levá-los a sentir que pouco poderão fazer. Sua influência pode ainda ser exercida poderosamente na causa do Senhor. O testemunho dos idosos pastores será sempre um auxílio e uma bênção para a igreja. Deus cuidará dos Seus porta-estandartes provados e fiéis, noite e dia, até que chegue a sua hora de despir a armadura. Assegure-se-lhes que estão sob o cuidado protetor dAquele que não tosqueneja nem dorme; que são vigiados por sentinelas incansáveis. Sabendo disso, e reconhecendo que estão em Cristo, poderão contar confiadamente com as providências de Deus. "Até o fim" IR52 49 4 Oro com fervor para que o trabalho que fazemos agora fique profundamente gravado no coração, mente e alma. Aumentarão as perplexidades; mas como crentes em Deus, animemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a norma, mas mantenhamo-la bem elevada, olhando para Aquele que é o autor e consumador da nossa fé. Quando à noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece, e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores no campo nacional e em terras distantes. Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até o fim. Prosseguir com maior eficiência IR52 49 5 É-me mandado dizer aos nossos irmãos do ministério: Esteja a mensagem que vos sai dos lábios impregnada do Espírito de Deus. Se já houve tempo em que precisássemos da guia especial do Espírito Santo, esse é agora. Necessitamos de consagração completa. Já é bem tempo de havermos dado ao mundo uma demonstração do poder de Deus em nossa própria vida e ministério. IR52 50 1 O Senhor quer ver a obra da proclamação da terceira mensagem angélica prosseguir com crescente eficácia. Assim como Ele agiu em todas as eras para dar vitórias ao Seu povo, também nesta época almeja levar a desfecho triunfante o Seu propósito para Sua igreja. Ordena Ele que Seus santos crentes avancem unidos, indo de força a maior força, de fé a acrescida segurança e confiança na verdade e justiça da Sua causa. IR52 50 2 Devemos manter-nos firmes como uma rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Deus está conosco para conceder-nos a Sua força para IR52 50 3 enfrentarmos cada nova experiência. Pautemos sempre a nossa vida pelos princípios da justiça, a fim de que avancemos de força em força no nome do Senhor. Devemos manter sacratíssima a fé que tem sido comprovada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus desde o nosso surgimento até ao presente. Devemos ter por muito preciosa a obra que o Senhor tem feito progredir por meio do Seu povo observador dos mandamentos, e que, pelo poder da Sua graça, se tornará mais forte e mais eficiente à medida que o tempo avança. Busca o inimigo nublar o discernimento do povo de Deus, e reduzir-lhe a eficiência, mas se trabalharmos sob a direção do Espírito de Deus, Ele lhes abrirá portas de oportunidade para o trabalho de edificação dos lugares antigamente assolados. Sua experiência será de crescimento constante, até que, com poder e grande glória, o Senhor desça do Céu para aplicar aos Seus fiéis o selo da vitória final. Promessa de vitória final IR52 50 4 O trabalho que está por fazer é tal que porá a prova todas as capacidades do ser humano. Exigirá o uso de forte fé e vigilância constante. Por vezes, as dificuldades que enfrentaremos, serão as mais desanimadoras. A própria grandeza da tarefa nos desanimará. Não obstante, com a ajuda de Deus, Seus servos finalmente triunfarão. "Portanto", irmãos, "vos peço que não desfaleçais" por motivo das experiências decisivas que estão perante vós. Jesus estará convosco; Ele irá adiante de vós pelo Seu Espírito Santo, preparando o caminho; e será o vosso auxiliador em todas as circunstâncias. IR52 50 5 "Por causa disto, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos Céus e na Terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos o santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. IR52 51 1 "Ora, Àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a Esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!" Efésios 3:14-21. -- The General Conference Bulletin, 27 de Maio de 1913, p. 164, 165. Confiança expressa em 1915 IR52 51 2 Não espero viver muito tempo. Meu trabalho está quase terminado. ... Penso que não mais terei testemunhos para o nosso povo. Nossos homens de mente firme sabem o que é bom para o crescimento e progresso da causa. Porém, com o amor de Deus no coração, precisam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Abril de 1915. ------------------------O Lar Adventista LA 5 1 Prefácio LA 15 1 Capítulo 01 -- Atmosfera do Lar LA 21 1 Capítulo 02 -- Bases da Direcão LA 25 1 Capítulo 03 -- O Lar Edênico, Um Modelo LA 31 1 Capítulo 04 -- O Alcance da Influência do Lar LA 35 1 Capítulo 05 -- Poderoso Testemunho Cristão LA 43 1 Capítulo 06 -- A Grande Decisão LA 50 1 Capítulo 07 -- Amor Verdadeiro ou Paixão LA 55 1 Capítulo 08 -- Práticas Comuns de Namoro LA 61 1 Capítulo 09 -- Casamentos Proibidos LA 70 1 Capítulo 10 -- Quando É Necessário Um Conselho LA 79 1 Capítulo 11 -- Casamentos Apressados, Prematuros LA 83 1 Capítulo 12 -- Compatibilidade LA 87 1 Capítulo 13 -- Educação Doméstica LA 94 1 Capítulo 14 -- Verdadeira Conversão É Requisito LA 99 1 Capítulo 15 -- Promessas Solenes LA 105 1 Capítulo 16 -- Companheirismo Feliz LA 114 1 Capítulo 17 -- Obrigações Mútuas LA 121 1 Capítulo 18 -- Deveres e Privilégios dos Cônjuges LA 131 1 Capítulo 19 -- Onde Estabelecer o Lar LA 135 1 Capítulo 20 -- A Família e a Cidade LA 141 1 Capítulo 21 -- Vantagens do Campo LA 148 1 Capítulo 22 -- Como Construir e Mobiliar a Casa LA 159 1 Capítulo 23 -- As Crianças - Uma Benção LA 162 1 Capítulo 24 -- Tamanho da Família LA 167 1 Capítulo 25 -- O Cuidado das Crianças Necessitadas LA 172 1 Capítulo 26 -- O Legado dos Pais aos Filhos LA 177 1 Capítulo 27 -- Círculo Sagrado LA 181 1 Capítulo 28 -- A Primeira Escola da Criança LA 187 1 Capítulo 29 -- Tarefa que Não Pode Ser Transferida LA 190 1 Capítulo 30 -- Companheirismo da Família LA 195 1 Capítulo 31 -- Segurança Mediante o Amor LA 200 1 Capítulo 32 -- Ocupar Previamente o Jardim do Coração LA 204 1 Capítulo 33 -- Promessas de Guia Divina LA 211 1 Capítulo 34 -- Posição e Responsabilidade do Pai LA 216 1 Capítulo 35 -- Participando dos Encargos LA 220 1 Capítulo 36 -- Companheiro dos Filhos LA 224 1 Capítulo 37 -- A Espécie de Marido que Não se Deve ser LA 231 1 Capítulo 38 -- Mãe - Rainha do Lar - Posição e Responsabilidade da Mãe LA 240 1 Capítulo 39 -- Influência da Mãe LA 244 1 Capítulo 40 -- Conceito Errôneo da Função da Mãe LA 248 1 Capítulo 41 -- Modelos Imperfeitos de Mãe LA 251 1 Capítulo 42 -- Saúde e Aparência Pessoal da Mãe LA 255 1 Capítulo 43 -- Influências Pré-Natais LA 260 1 Capítulo 44 -- O Cuidado das Crianças Pequenas LA 264 1 Capítulo 45 -- O Primeiro Dever da Mãe é Educar os Filhos LA 270 1 Capítulo 46 -- A Madrasta LA 273 1 Capítulo 47 -- Encorajamento de Cristo às Mães LA 279 1 Capítulo 48 -- Como o Céu Considera as Crianças LA 282 1 Capítulo 49 -- Auxiliadores da Mãe LA 292 1 Capítulo 50 -- A Honra Devida aos Pais LA 297 1 Capítulo 51 -- Conselho às Crianças LA 305 1 Capítulo 52 -- Governo do Lar LA 312 1 Capítulo 53 -- Frente Unida LA 317 1 Capítulo 54 -- A Religião em Família LA 326 1 Capítulo 55 -- Normas de Moral LA 340 1 Capítulo 56 -- Divórcio LA 348 1 Capítulo 57 -- Atitude a um Companheiro Descrente LA 353 1 Capítulo 58 -- A Família do Pastor LA 360 1 Capítulo 59 -- Os Pais Idosos LA 367 1 Capítulo 60 -- Mordomos de Deus LA 372 1 Capítulo 61 -- Princípios de Fincanças Domésticas LA 381 1 Capítulo 62 -- Deve Ser Praticada a Economia LA 386 1 Capítulo 63 -- Instrução às Crianças Sobre Como Ganhar Dinheiro LA 391 1 Capítulo 64 -- Integridade nos Negócios LA 395 1 Capítulo 65 -- Provisão Para o Futuro LA 401 1 Capítulo 66 -- As Portas que Precisamos Guardar LA 406 1 Capítulo 67 -- Sons e Imagens que Encatam LA 410 1 Capítulo 68 -- A Leitura e Sua Influência LA 421 1 Capítulo 69 -- Cortesia e Bondad LA 430 1 Capítulo 70 -- Alegria LA 434 1 Capítulo 71 -- Linguagem LA 445 1 Capítulo 72 -- Hospitalidade LA 455 1 Capítulo 73 -- Nossas necessidades sociais LA 459 1 Capítulo 74 -- Amizades boas e outras duvidosas LA 466 1 Capítulo 75 -- Guia dos pais em assuntos sociais LA 472 1 Capítulo 76 -- Feriados e aniversários LA 477 1 Capítulo 77 -- O Natal LA 484 1 Capítulo 78 -- A família-um centro missionário LA 493 1 Capítulo 79 -- Arecreação é necessária LA 498 1 Capítulo 80 -- como nos recrearemos LA 506 1 Capítulo 81 -- Recreação que proporciona satisfações duradouras LA 512 1 Capítulo 82 -- Como o cristão escolhe sua recreação LA 521 1 Capítulo 83 -- A sedução dos prazeres LA 526 1 Capítulo 84 -- Como influenciar os juvenis em relação às recreações LA 533 1 Capítulo 85 -- A recompensa, aqui e na eternidade LA 539 1 Capítulo 86 -- A vida no lar edênico LA 546 1 Capítulo 87 -- Descriçõe da nova terra ------------------------Prefácio LA 5 1 Lar Adventista é aquele em que são vividas e ensinadas as normas e práticas adventistas do sétimo dia, lugar em que os pais e mães adventistas recebem de Cristo a missão de tornar cristãos os membros da família. E para bem realizarem dessa tarefa, os pais adventistas buscam todo auxílio que lhes é possível conseguir. LA 5 2 Ellen G. White dirigiu aos pais muitos conselhos, que são extremamente valiosos. Mencionou todos os aspectos do lar e deu instruções específicas acerca de muitos dos problemas que preocupam os pais de nossos dias, trazendo-lhes geralmente ansiedade. Alguns anos antes de falecer, manifestou o desejo de publicar "um livro para pais cristãos", o qual definisse "o dever e a influência da mãe em relação a seus filhos". No presente volume se fez empenho de cumprir esse desejo. LA 5 3 Este livro, O Lar Adventista, é uma espécie de manual para os pais muito ocupados e ao mesmo tempo um padrão ou ideal daquilo que o lar pode e deve se tornar. Aqui se encontram as respostas para muitas de suas perguntas, através das palavras de sabedoria provindas do Pai celestial. LA 5 4 Ao compilar esta obra, foram extraídos trechos de escritos de Ellen G. White produzidos ao longo de setenta anos, mas especialmente dos milhares de artigos que ela preparou para as revistas da denominação. Os livros publicados, os testemunhos especiais editados na forma de folhetos e os arquivos de manuscritos de Ellen G. White também concorreram para enriquecer o volume. A fonte de todos os trechos é citada no lugar respectivo. Como os textos extraídos de fontes diversas e escritos em ocasiões diferentes se unem em seqüência lógica, pode haver por vezes pequenina e inevitável brecha no pensamento ou na maneira de se dirigir à pessoa, pois os compiladores se limitaram, em seu trabalho, a selecionar e dispor o assunto e suprir os títulos. LA 5 5 Este volume foi preparado no escritório das Publicações Ellen G. White. O trabalho foi feito em harmonia com as instruções da Sra. White a seus depositários, de providenciar "a publicação de compilações" de seus manuscritos, pois eles contém, disse ela, "instruções que o Senhor me deu para o Seu povo". LA 6 1 Jamais na história do mundo foi mais urgentemente necessário do que agora, um livro como este. Nunca pais e filhos estiveram mais ansiosos de saber a resposta certa para as questões que os preocupam. Nunca os lares estiveram em perigo como hoje. LA 6 2 Sabemos todos que as condições da sociedade não são senão reflexo das condições existentes nos lares do povo. Também sabemos que a transformação das condições domésticas se refletirá na melhora da sociedade. Para esse fim foi preparado O Lar Adventista e, como parte da Biblioteca do Lar Cristão, é entregue ao público em cumprimento de sua importante missão, pelos editores e os Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- A atmosfera do lar LA 15 1 A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração "procedem as saídas da vida" (Provérbios 4:23), e o coração da sociedade, da igreja e da nação, é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja, a prosperidade da nação, dependem das influências domésticas. -- A Ciência do Bom Viver, 349. LA 15 2 A elevação ou decadência do futuro da sociedade serão determinadas pelos costumes e a moral da juventude que cresce ao nosso redor. Como a juventude é educada e como é moldado o seu caráter na infância em hábitos virtuosos, domínio próprio e temperança, assim será sua influência na sociedade. Se os jovens são deixados sem esclarecimento e sem controle, tornando-se em conseqüência voluntariosos, intemperantes em apetite e paixão, assim será sua influência futura em moldar a sociedade. As companhias que a juventude mantém agora, os hábitos que forma, os princípios que adota, são uma indicação da espécie de sociedade do futuro. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. O mais aprazível símbolo do céu LA 15 3 O lar deve ser tudo quanto está implícito nessa palavra. Deve ser um pequeno Céu na Terra, um lugar onde se cultivem as afeições em vez de serem estudadamente reprimidas. Nossa felicidade depende do cultivo do amor, da simpatia e da verdadeira cortesia de uns para com outros. -- Testimonies for the Church 3:539. LA 15 4 O mais agradável símbolo do Céu é um lar presidido pelo Espírito do Senhor. Se a vontade de Deus é cumprida, o marido e a esposa se respeitarão mutuamente e cultivarão amor e confiança. -- The Signs of the Times, 20 de Junho de 1911. Importância da atmosfera do lar LA 16 1 A atmosfera que circunda a alma dos pais enche a casa, e é sentida em todos os recantos do lar. -- Manuscrito 49, 1898. LA 16 2 Os pais criam em alto grau a atmosfera do círculo doméstico, e quando há desinteligência entre os pais, os filhos participam do mesmo espírito. Tornai fragrante a atmosfera do lar mediante terna solicitude. Se vos alienastes e deixastes de ser cristãos bíblicos, convertei-vos; pois o caráter que apresentardes no tempo de graça será o caráter que tereis por ocasião da vinda de Cristo. Se desejais ser santos no Céu, deveis sê-lo primeiro na Terra. Os traços de caráter que nutrirdes na vida não se mudarão pela morte ou pela ressurreição. Saireis do sepulcro com a mesma disposição que manifestáveis no lar e na sociedade. Jesus não muda o caráter em Sua vinda. A obra de transformação precisa ser feita agora. Nossa vida diária está determinando nosso destino. -- Carta 18b, 1891. Criando uma atmosfera pura LA 16 3 Todo lar cristão deve ter regulamentos; e os pais, em palavras e comportamento de um para com o outro, devem dar aos filhos um exemplo precioso e vivo do que desejam que eles sejam. A pureza da linguagem e a verdadeira cortesia cristã devem ser constantemente praticadas. Ensinai as crianças e os jovens a se respeitarem a si mesmos, a serem leais para com Deus, leais aos princípios; ensinai-os a respeitar e obedecer à lei de Deus. Esses princípios lhes regerão a vida e serão guiados em suas relações com os demais. Eles criarão uma atmosfera pura, cuja influência encorajará as almas débeis no caminho ascendente que conduz à santidade e ao Céu. Seja cada lição de molde a elevar e enobrecer o caráter, e os registros feitos nos livros do Céu serão de tal natureza que vos não envergonhareis de contemplá-los no juízo. LA 17 1 As crianças que recebem esta espécie de instrução... estarão aptas a ocupar lugares de responsabilidade e, por preceito e exemplo, estarão constantemente ajudando outros a procederem retamente. Aqueles cujas sensibilidades morais não foram entorpecidas, apreciarão os retos princípios; darão justo valor aos seus dotes naturais, e farão o melhor uso de suas faculdades físicas, mentais e morais. Tais almas são vigorosamente fortalecidas contra a tentação; estarão protegidas por um muro que não será facilmente derribado. -- Special Testimonies, Série B, 16:4, 5. LA 17 2 Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Conservem pais e filhos em mente este fato cada dia, mantendo entre si relações de membros da família de Deus. Então sua vida será de tal natureza que dará ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor impregnarão o círculo da família como um precioso perfume. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896. LA 17 3 Muito depende do pai e mãe. Devem eles ser firmes e bondosos em sua disciplina, e devem trabalhar o mais diligentemente a fim de terem uma família bem ordenada, correta, e possam os anjos celestiais serem aí atraídos a fim de comunicar paz e uma influência odorífera. -- Manuscrito 14, 1905. Tornar o lar alegre e feliz LA 17 4 Nunca vos esqueçais de que deveis tornar o lar alegre e feliz para vós mesmos e para vossos filhos, absorvendo os atributos do Salvador. Se introduzis a Cristo no lar, discernireis o bem do mal. Estareis aptos a ajudar vossos filhos a serem árvores de justiça, dando os frutos do Espírito. -- Carta 29, 1902. LA 17 5 Podem sobrevir aflições, mas isso é a sorte da humanidade. Que a paciência, a gratidão e o amor mantenham no coração a luz solar, seja embora o dia sempre nublado. -- A Ciência do Bom Viver, 393. LA 18 1 O lar pode ser simples, mas pode sempre ser um lugar em que se profiram palavras alegres e se pratiquem atos de bondade, onde a cortesia e o amor são hóspedes constantes. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. LA 18 2 Administrai as regras do lar com sabedoria e amor, e não com vara de ferro. As crianças corresponderão com uma obediência voluntária, à regra do amor. Elogiai vossos filhos sempre que possível. Tornai sua vida tão feliz quanto possível. ... Conservai macio o terreno do coração, por meio da manifestação de amor e afeto, preparando-o assim para a semente da verdade. Lembrai-vos de que o Senhor dá à terra não somente nuvens e chuva, mas a linda e risonha luz solar, fazendo com que a semente germine e apareçam as flores. Lembrai-vos de que as crianças necessitam não somente de repreensão e correção, mas também de animação e elogio, a grata satisfação das boas palavras. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 114. LA 18 3 Não deveis ter contendas em vossa família. "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." Tiago 3:17, 18. É a brandura e a paz que precisamos ter em nossos lares. -- Manuscrito 9, 1893. Ternos laços, que prendem LA 18 4 O vínculo da família é o mais íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção à humanidade. E assim o é sempre que se entre para o casamento inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em devida consideração as suas responsabilidades. -- A Ciência do Bom Viver, 356, 357. LA 18 5 Todo lar deve ser um lugar de amor, um lugar onde os anjos de Deus habitem, operando com influência sensibilizadora e suavizadora no coração dos pais e dos filhos. -- Carta 25, 1904. LA 19 1 Nossos lares precisam tornar-se uma Betel, nosso coração um santuário. Onde o amor de Deus é nutrido na alma, haverá paz, haverá luz e alegria. Abri a Palavra de Deus com amor diante de vossa família, e perguntai: "Que disse Deus?" -- Carta 24a, 1896. A presença de Cristo faz um lar cristão LA 19 2 O lar embelezado pelo amor, a simpatia e a ternura, é um lugar que os anjos gostam de visitar, e onde Deus é glorificado. A influência de um lar cristão cuidadosamente protegido nos anos da infância e juventude, é a mais segura salvaguarda contra as corrupções do mundo. Na atmosfera de um lar assim, as crianças aprenderão a amar tanto a seus pais terrestres como a seu Pai celestial. -- Manuscrito 126, 1903. LA 19 3 Desde a infância necessitam os jovens que uma firme barreira se levante entre eles e o mundo, para que a influência corruptora deste não os possa afetar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 119. LA 19 4 Toda família cristã deve mostrar ao mundo o poder e a excelência da influência cristã. ... Os pais devem avaliar sua responsabilidade de guardar seu lar livre de toda mancha de mal moral. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1900. LA 19 5 A santidade perante Deus deve impregnar o lar. ... Pais e filhos se devem educar para cooperar com Deus. Devem pôr seus hábitos e práticas em harmonia com os planos divinos. -- Carta 9, 1904. LA 19 6 As relações de família devem ser santificadoras em sua influência. Os lares cristãos, estabelecidos e dirigidos de conformidade com o plano de Deus, são um maravilhoso auxílio na formação do caráter cristão. ... Pais e filhos se devem unir em oferecer amorável serviço Àquele que, unicamente, pode guardar puro e nobre o amor humano. -- Manuscrito 16, 1896. LA 19 7 A primeira obra a ser feita no lar cristão é ver que o Espírito de Deus aí habite, que todo membro da família seja capaz de tomar sua cruz e seguir aonde Jesus o conduzir. -- Manuscrito 17, 1891. ------------------------Capítulo 2 -- Bases da direção do lar O lugar mais atrativo do mundo LA 21 1 Ao passo que estão sobre os pais pesadas responsabilidades quanto a proteger cuidadosamente a futura felicidade e os interesses de seus filhos, é também dever seu tornar o lar o mais atrativo possível. Isso é de importância incomparavelmente maior do que adquirir propriedades e dinheiro. Não deve faltar alegria ao lar. O sentimento doméstico deve ser mantido vivo no coração dos filhos, para que eles possam volver os olhos ao lar de sua infância como a um lugar de paz e felicidade vizinho ao Céu. Então, ao chegarem à maturidade, devem por sua vez procurar ser um conforto e uma bênção aos seus pais. -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. LA 21 2 O lar deve ser para as crianças o mais atrativo lugar do mundo, e sua maior atração deve ser a presença da mãe. As crianças têm natureza sensível e amorosa. Facilmente se consegue agradá-las, e facilmente também se sentem infelizes. Mediante uma disciplina branda, com palavras e atos amáveis, as mães podem unir os filhos ao seu coração. -- A Ciência do Bom Viver, 388. Limpo, bem arrumado, em ordem LA 21 3 A limpeza, o asseio e a ordem são indispensáveis na própria administração da família. Mas quando a mãe faz dessas coisas os todo-importantes deveres de sua vida, e a eles se devota com negligência do desenvolvimento físico e do cultivo mental e moral dos filhos, comete lamentável erro. -- The Signs of the Times, 5 de Agosto de 1875. LA 21 4 Deve-se ensinar aos crentes que, mesmo que eles sejam pobres, não precisam ser desasseados e mal arranjados em sua pessoa ou em sua casa. É preciso dispensar auxílio nesse sentido aos que parecem não ter nenhum senso da significação e da importância do asseio. É preciso ensinar-lhes que aqueles que devem representar o alto e santo Deus, precisam manter sua alma pura e limpa, e que esta pureza se deve estender a seu vestuário e a tudo quanto faz parte do lar, de modo que os anjos ministradores tenham prova de que a verdade operou uma mudança na vida, purificando a alma e refinando os gostos. Os que, depois de receberem a verdade, não se mudam em palavras e conduta, no vestir e nos arredores, estão vivendo para si mesmos, não para Cristo. Não foram criados de novo em Cristo Jesus, para purificação e santidade. ... LA 22 1 Conquanto nos devamos guardar contra desnecessários adornos e ostentações, não devemos de maneira alguma ser descuidados e indiferentes quanto a nossa aparência exterior. Tudo quanto diz respeito a nossa pessoa e a nosso lar, deve ser bem arranjado e atrativo. Deve ser ensinado à juventude a importância de apresentar uma aparência acima da crítica, uma aparência que honre a Deus e a verdade. LA 22 2 A negligência do asseio levará à doença. A enfermidade não vem sem causa. Têm ocorrido em vilas e cidades consideradas perfeitamente saudáveis violentas epidemias de febres, dando em resultado físicos deteriorados e mortes. Em muitos casos, o ambiente das próprias pessoas que caíram vítimas dessas epidemias continham os agentes de destruição que transmitiram à atmosfera o veneno para ser inalado pela família e a vizinhança. É surpreendente ver a ignorância dominante quanto aos efeitos produzidos pelo relaxamento e a negligência sobre a saúde. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 105, 106. A ordem é necessária à felicidade do lar LA 22 3 Deus Se desagrada com a desordem, o relaxamento e a falta de esmero em quem quer que seja. Essas deficiências são males sérios, e tendem a alienar as afeições do marido para com a mulher quando ele aprecia a ordem, filhos bem disciplinados e uma casa bem governada. A mãe e esposa não pode tornar a casa aprazível e feliz a menos que ame a ordem, mantenha sua dignidade e governe bem; portanto, todos quantos falham nesse ponto devem começar imediatamente a educar-se nessa direção, e cultivar as próprias coisas em que maior é a sua falta. -- Testimonies for the Church 2:298, 299. Vigilância e diligência LA 23 1 Quando nos entregamos sem reservas ao Senhor, os deveres simples e comuns da vida doméstica serão olhados em sua verdadeira importância, e cumpri-los-emos de acordo com a vontade de Deus. Toca-nos estar atentos, vigiando quanto à vinda do Filho do homem; e precisamos também ser diligentes; requer-se que vigiemos tanto quanto nos é requerido que trabalhemos. Importa que haja uma união dessas duas coisas. Isto equilibrará o caráter cristão, fazendo-o bem desenvolvido, simétrico. Não devemos achar que podemos negligenciar tudo o mais e nos entregarmos à meditação, ao estudo ou à oração; também não devemos ser tumultuosos, apressados, ativos, com prejuízo da piedade pessoal. Devemos misturar a espera, a vigilância e o trabalho. "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:11. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. Prover facilidades que poupem trabalho LA 23 2 Em muitos lares a esposa e mãe não tem tempo para ler e manter-se bem informada, nem para servir de companheira ao marido, ou estar em contato com a mente em desenvolvimento dos filhos. Não há tempo para o precioso Salvador Se tornar um companheiro íntimo e querido. Ela imerge pouco a pouco unicamente na lida doméstica, absorvendo suas forças, seu tempo e interesses nas coisas que perecem com o uso. Demasiado tarde desperta para o fato de se achar quase uma estranha em sua própria casa. As preciosas oportunidades que lhe foram concedidas outrora para influenciar seus queridos no sentido de uma vida mais elevada, e que ela não soube aproveitar, passaram para sempre. LA 24 1 Resolvam os componentes do lar a viver de maneira mais sábia. Seja vosso primeiro objetivo tornar o lar aprazível. Cuidai em providenciar as condições que amenizam o trabalho e promovem a saúde e o conforto. -- A Ciência do Bom Viver, 368, 369. Mesmo as mais humildes tarefas são obra de Deus LA 24 2 Todo serviço que fazemos e que é necessário ser feito, seja lavar a louça, pôr a mesa, cuidar de um doente, cozinhar ou lavar, é de importância moral... . As humildes tarefas que estão diante de nós, devem ser executadas por alguém; e os que as fazem devem sentir estarem realizando uma obra necessária e honrosa, e que em sua missão, por humilde que seja, estão fazendo uma obra de Deus, tão certo como o estava Gabriel, quando enviado aos profetas. Todos, em suas respectivas esferas, estão trabalhando por sua ordem. As mulheres em seu lar, cumprindo os simples deveres da vida que precisam ser atendidos, podem e devem manifestar fidelidade, obediência e amor tão sinceros como os anjos em sua esfera. A conformidade com a vontade de Deus torna qualquer obra que precise ser feita uma tarefa honrosa. -- Testemunhos Selectos 1:297, 298. ------------------------Capítulo 3 -- O lar edênico, um modelo Deus preparou o primeiro lar do homem LA 25 1 O lar edênico de nossos primeiros pais foi preparado para eles pelo próprio Deus. Havendo-o provido de tudo quanto o homem podia desejar, disse: "Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança." Gênesis 1:26. LA 25 2 O Senhor Se agradou dessa última e mais nobre de todas as Suas criaturas, e designou que ela fosse o perfeito habitante de um mundo perfeito. Não era, porém, intenção Sua que ele vivesse em solidão. Disse: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele." Gênesis 2:18. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1899. LA 25 3 O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "adjutora" -- ajudadora esta que lhe correspondesse -- a qual estava em condições para ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi feita de uma costela tirada do lado de Adão, significando que ela não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob seus pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como sua igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deveria existir nesta relação. "Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta." Efésios 5:29. "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne." Gênesis 2:24. -- Patriarcas e Profetas, 46. O primeiro casamento celebrado por Deus LA 25 4 Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. "Venerado seja ... o matrimônio" (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo aquém das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. -- Patriarcas e Profetas, 46. LA 26 1 Aquele que deu Eva a Adão por companheira, operou Seu primeiro milagre numa festa de bodas. Na sala festiva em que amigos e parentes juntos se alegravam, Cristo começou Seu ministério público. Sancionou assim o casamento, reconhecendo-o como instituição por Ele mesmo estabelecida. ... LA 26 2 Cristo honrou a relação matrimonial tornando-a também símbolo da união entre Ele e os remidos. Ele próprio é o esposo; a esposa é a igreja, da qual diz: "Tu és toda formosa, amiga Minha, e em ti não há mancha." Cantares 4:7. -- A Ciência do Bom Viver, 356. Foi suprida toda necessidade LA 26 3 Adão foi circundado de tudo quanto seu coração pudesse desejar. Foi suprida toda necessidade. Não havia pecado nem indícios de deterioração no glorioso Éden. Anjos de Deus conversavam livre e amorosamente com o santo par. Os felizes cantores alados gorjeavam seus livres, jubilosos cantos de louvor a seu Criador. Os pacíficos animais, em feliz inocência, brincavam em torno de Adão e Eva, obedientes a sua palavra. Adão se achava na perfeição de sua varonilidade, a mais nobre das obras do Criador. -- The Signs of the Times, 11 de Junho de 1874. LA 26 4 Nenhuma sombra se interpunha entre eles e seu Criador. Conheciam a Deus como seu benfazejo Pai, e em tudo a sua vontade se conformava com a vontade de Deus. E o caráter de Deus refletia-se no caráter de Adão. Sua glória revelava-se em tudo quanto havia na natureza. -- The Youth's Instructor, 2 de Junho de 1898. O trabalho foi indicado para felicidade do homem LA 27 1 Deus é amante do belo. Ele nos deu inequívocas provas disto na obra de Suas mãos. Plantou para nossos primeiros pais um belo jardim no Éden. Fez crescerem da terra majestosas árvores de toda espécie, para utilidade e para ornamentação. Foram formadas as belas flores, de rara beleza, de toda cor e matiz, perfumando o ar. ... Era desígnio de Deus que o homem encontrasse felicidade no emprego de cuidar das coisas que Ele criara, e que Suas necessidades fossem satisfeitas com os frutos das árvores do jardim. -- The Health Reformer, Julho de 1871. LA 27 2 Foi dado a Adão o trabalho de cuidar do jardim. O Criador sabia que Adão não podia ser feliz sem ocupação. A beleza do jardim o deleitava, porém isto não bastava. Ele precisava de trabalho a fim de pôr em exercício os admiráveis órgãos do corpo. Houvesse a felicidade consistido em não fazer coisa alguma, o homem, em seu estado de santa inocência, teria sido deixado sem ocupação. Porém Aquele que criou o homem sabia o que seria para sua felicidade; e tão depressa o havia criado, deu-lhe a obra que lhe era designada. A promessa de glória futura, e o decreto de que o homem precisa labutar pelo pão de cada dia, vieram do mesmo trono. -- The Youth's Instructor, 27 de Fevereiro de 1902. Deus é honrado por um lar cristão LA 27 3 Pais e mães que põem a Deus em primeiro lugar na família e ensinam os filhos a considerar o temor do Senhor como o princípio da sabedoria, glorificam a Deus diante dos anjos e dos homens, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem educada -- uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela. Cristo não será um estranho numa família assim; Seu nome ser-lhes-á familiar e O reverenciarão e glorificarão. Os anjos se deleitam numa família em que Deus reina soberano e os filhos são ensinados a honrar a religião, a Bíblia e o Criador. Essa família tem direito à promessa: "Aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. Quando de uma casa assim o chefe sai a cumprir os seus deveres cotidianos, será sempre com espírito manso e submisso, adquirido pela sua comunhão com Deus. -- Testemunhos Selectos 2:134. LA 28 1 Unicamente a presença de Cristo pode tornar homens e mulheres felizes. Todas as águas comuns da vida, Cristo pode transformar em vinho do Céu. O lar se torna então como um Éden de bem-aventurança; a família, um belo símbolo da família no Céu. -- Manuscrito 43, 1900. ------------------------Capítulo 4 -- O alcance da influência do lar O lar cristão, uma lição objetiva LA 31 1 A missão do lar estende-se para além do círculo dos seus membros. O lar cristão deve ser uma lição prática que ponha em relevo a excelência dos princípios verdadeiros da vida. Semelhante exemplo será no mundo uma força para o bem. ... Ao deixarem um lar assim, os jovens ensinarão as lições que aí aprenderam. Por essa maneira, penetrarão em outros lares princípios mais nobres de vida, e uma influência regeneradora será sentida na sociedade. -- A Ciência do Bom Viver, 352. LA 31 2 O lar em que os membros são polidos, cristãos corteses, exerce vasta influência para o bem. Outras famílias notarão os resultados conseguidos por um lar assim, e seguirão o exemplo dado, guardando por sua vez o lar contra as influências satânicas. Os anjos de Deus visitarão com freqüência o lar em que a vontade de Deus domina. Sob o poder da graça divina esse lar se torna um lugar refrigerante para os enfraquecidos, fatigados peregrinos. Mediante vigilância no dominar-se, impede-se que o próprio eu se afirme. Formam-se hábitos corretos. Há cuidadoso reconhecimento dos direitos alheios. A fé que opera por amor e purifica a alma serve de leme, presidindo a toda a família. Sob a santificada influência de tal lar, o princípio da fraternidade estabelecido na Palavra de Deus é mais amplamente reconhecido e obedecido. -- Carta 272, 1903. A influência de uma família bem ordenada LA 31 3 Não é questão de pequena importância para uma família, o manter a posição de representantes de Jesus, guardando a lei de Deus em ambiente de incrédulos. Requer-se de nós que sejamos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Esta posição envolve terríveis responsabilidades. -- Testimonies for the Church 4:106. LA 32 1 Uma família bem ordenada, bem disciplinada, fala mais em favor do cristianismo do que todos os sermões que se possam pregar. Uma família assim dá prova de que os pais foram bem-sucedidos no seguir as instruções de Deus, e de que seus filhos O servirão na igreja. Sua influência aumenta; pois à medida que comunicam, recebem para tornar a comunicar. O pai e a mãe encontram auxiliares nos filhos, os quais transmitem a outros as instruções recebidas no lar. A vizinhança deles é beneficiada, pois com isto se enriqueceu para o tempo e a eternidade. Toda a família se acha empenhada no serviço do Mestre; e pelo seu piedoso exemplo são outros inspirados a serem fiéis e leais a Deus no trato com o Seu rebanho, Seu lindo rebanho. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. LA 32 2 A maior prova do poder do cristianismo, que se pode apresentar ao mundo, é uma família bem ordenada, bem disciplinada. Isso recomendará a verdade como nenhuma outra coisa o poderá fazer, pois é um testemunho vivo de seu efetivo poder sobre o coração. -- Serviço Cristão, 208. LA 32 3 A melhor prova de cristianismo de uma casa é o tipo de caráter gerado pela sua influência. As ações falam mais alto do que a mais positiva profissão de piedade. -- Patriarcas e Profetas, 579. LA 32 4 Nossa ocupação neste mundo... é ver que virtudes podemos ensinar nossos filhos e família a possuírem, a fim de que exerçam influência sobre outras famílias, e assim podemos ser uma força educadora ainda que nunca abracemos o magistério. Uma família bem ordenada e disciplinada é mais preciosa aos olhos de Deus do que ouro fino, mesmo que o mais fino ouro de Ofir. -- Manuscrito 12, 1895. Pertencem-nos maravilhosas possibilidades LA 32 5 Curto é o tempo de que dispomos aqui. Não podemos passar por esta vida senão uma vez; tiremos, pois, ao fazê-lo, o melhor proveito de nossa vida. A tarefa a que somos chamados não requer riquezas, posição social, nem grandes capacidades. O que se requer é um espírito bondoso e desprendido, e firmeza de propósito. Uma luz, por pequena que seja, se está sempre brilhando, pode servir para acender outras muitas. Nossa esfera de influência poderá parecer limitada, nossas capacidades diminutas, escassas as oportunidades, nossos recursos reduzidos; no entanto, se soubermos aproveitar fielmente as oportunidades de nossos lares, maravilhosas serão nossas possibilidades. Se abrirmos o coração e o lar aos divinos princípios da vida, poderemos ser condutos que levem correntes de força vivificante. De nosso lar fluirão rios de vida e de saúde, de beleza e fecundidade numa época como esta, em que tudo é desolação e esterilidade. -- A Ciência do Bom Viver, 355. LA 33 1 Os pais tementes a Deus difundirão de seu círculo doméstico para os de outros uma influência que atuará como aquele fermento que foi escondido em três medidas de farinha. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1895. LA 33 2 O trabalho fiel feito em casa educa outros a fazerem a mesma espécie de trabalho. O espírito de fidelidade para com Deus é como fermento e, quando manifestado na igreja, terá efeito sobre outros, e será uma recomendação para o cristianismo em toda parte. A obra dos soldados de Cristo que se devotam inteiramente, é de tão vasto alcance como a própria eternidade. Então por que há tanta falta de espírito missionário em nossas igrejas? É por haver negligência na piedade doméstica. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1895. A influência de uma família mal dirigida LA 33 3 A influência de uma família mal dirigida é dilatada, e desastrosa a toda a sociedade. Acumula uma onda de males que afeta famílias, comunidades e governos. -- Patriarcas e Profetas, 579. LA 33 4 Impossível nos é vivermos de maneira que não exerçamos influência no mundo. Membro algum da família poderá encerrar-se em si mesmo de maneira que nenhum outro membro não lhe sinta a influência e o espírito. A própria expressão da fisionomia terá influência para bem ou para mal. Seu espírito, suas palavras, suas ações e atitudes para com os outros, são inequívocas. Se ele vive no egoísmo, circunda sua alma de uma atmosfera má; ao passo que se estiver cheio do amor de Cristo manifestará cortesia, bondade, terna consideração para com os sentimentos de outros e por atos de amor, comunicará àqueles com quem convive sentimentos brandos, gratos e felizes. Manifestar-se-á que ele vive para Jesus, e aprende diariamente lições a Seus pés, dEle recebendo luz e paz. Estará habilitado a dizer ao Senhor: "Pela Tua brandura, me vieste a engrandecer." 2 Samuel 22:36. -- The Youth's Instructor, 22 de Junho de 1893. ------------------------Capítulo 5 -- Poderoso testemunho cristão Os melhores missionários provêm de lares cristãos LA 35 1 Os missionários do Mestre preparam-se melhor para a obra lá fora em lares cristãos, onde Deus é temido, onde Deus é amado, onde Deus é adorado, onde a fidelidade se tornou segunda natureza, onde não se permite dar aos deveres domésticos descuidosa e casual atenção, onde a tranqüila comunhão com Deus é considerada essencial ao fiel cumprimento dos deveres diários. -- Manuscrito 140, 1897. LA 35 2 Os deveres domésticos devem ser cumpridos na consciência de que se eles forem desempenhados no devido espírito, comunicarão uma experiência que nos habilitará a trabalhar para Cristo de maneira mais permanente e cabal. Oh, que não poderia fazer um vivo cristão no terreno missionário cumprindo os deveres diários fielmente, levantando alegremente a cruz, não negligenciando nenhum trabalho, embora desagradável às inclinações naturais! -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1898. LA 35 3 Nossa obra para Cristo deve começar com a família, no lar. ... Não existe campo missionário mais importante do que esse. ... LA 35 4 Muitos descuidaram vergonhosamente esse campo do lar, e é tempo de que sejam apresentados recursos e remédios divinos para corrigir esse mal. -- Testemunhos Selectos 3:62, 63. LA 35 5 O mais alto dever que pesa sobre a juventude é o que lhe fica no próprio lar, sendo uma bênção ao pai e à mãe, aos irmãos e irmãs, mediante afeição e verdadeiro interesse. Aí podem eles manifestar abnegação e esquecimento de si mesmos no cuidado e serviço por outros. ... Que influência pode uma irmã exercer sobre os irmãos! Se ela for reta, poderá determinar o caráter deles! Suas orações, sua gentileza e afeição muito podem efetuar no ambiente da família. -- Testemunhos Selectos 1:298. LA 36 1 Aqueles que receberam a Cristo devem mostrar na família o que a graça fez por eles. "A todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no Seu nome." João 1:12. Consciente autoridade possui o verdadeiro crente em Cristo, o qual faz sua influência sensível em toda a família. Isto é favorável para o aperfeiçoamento do caráter de todos no lar. -- Manuscrito 140, 1897. Um argumento que o descrente não pode contradizer LA 36 2 Um lar cristão bem ordenado é poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã -- argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver que há na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de Abraão está com eles. Se os lares dos professos cristãos tivessem um molde religioso correto, exerceriam uma poderosa influência para o bem. Seriam na verdade a luz do mundo. -- Patriarcas e Profetas, 144. Os filhos estendem o conhecimento dos princípios bíblicos LA 36 3 Os filhos que foram devidamente educados, que gostam de ser úteis, de ajudar o pai e a mãe, estenderão o correto conhecimento das idéias corretas e dos princípios bíblicos a todos com quem entrarem em contato. -- Carta 28, 1890. LA 36 4 Quando nossa própria casa for o que deve ser, não deixaremos que nossos filhos cresçam na ociosidade e indiferença para com os reclamos de Deus em favor dos necessitados que os rodeiam. Como herança do Senhor, estarão habilitados para empreender a obra onde estão. De lares tais resplandecerá uma luz que se revelará em favor dos ignorantes, levando-os à fonte de todo o conhecimento. Exercerão influência poderosa em prol de Deus e de Sua verdade. -- Testemunhos Selectos 3:64. LA 37 1 Pais que de outro modo não seriam alcançados, são-no com freqüência por meio de seus filhos. -- Testemunhos Selectos 1:456. Os lares alegres serão uma luz para os vizinhos LA 37 2 Precisamos de mais pais radiantes e radiantes cristãos. Achamo-nos demasiado fechados em nós mesmos. Demasiadas vezes as palavras bondosas e animadoras, o sorriso alegre, são retidos de nossos filhos e dos opressos e desanimados. LA 37 3 Pais, repousa sobre vós a responsabilidade de ser portadores de luz e dispensadores de luz. Brilhai no lar como luzes, iluminando o trilho que vossos filhos têm de palmilhar. Assim fazendo, vossa luz irradiará para os que estão lá fora. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1901. LA 37 4 De todo lar cristão deveria resplandecer uma santa luz. O amor deveria revelar-se nas ações. Deve promanar de toda a relação doméstica, mostrando-se em uma bondade meditada, em uma cortesia gentil, abnegada. Há lares em que esse princípio é praticado, lares em que Deus é adorado, e em que reina o mais verdadeiro amor. Destes lares as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da manhã. -- Patriarcas e Profetas, 144. Os resultados da unidade de família LA 37 5 A primeira obra dos cristãos é serem unidos na família. Então a obra se deve estender a seus vizinhos de perto e de longe. Os que receberam luz precisam deixá-la irradiar em límpidos raios. Suas palavras, que demonstram o amor de Cristo, precisam ser um cheiro de vida para vida. -- Manuscrito 11, 1901. LA 37 6 Quanto mais intimamente são unidos os membros da família em sua obra no lar, tanto mais de molde a elevar e auxiliar será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão fora dele. -- Carta 189, 1903. São mais necessários homens bons que grandes mentalidades LA 38 1 A felicidade de famílias e igrejas depende das influências domésticas. Os interesses eternos dependem do devido desempenho dos deveres desta vida. O mundo não necessita tanto de grandes mentalidades como de homens bons, que serão uma bênção em seu lar. -- Testimonies for the Church 4:522. Evitar os erros que possam cerrar portas LA 38 2 Quando a religião se manifesta no lar, sua influência será sentida na igreja e na vizinhança. Mas alguns que professam ser cristãos conversam com os vizinhos acerca de suas dificuldades domésticas. Contam suas penas, de modo a atraírem a si a simpatia; é, porém, grande erro derramar nossas aflições nos ouvidos de outros, especialmente quando muitos de nossos desgostos são fabricados e existem devido a nossa vida irreligiosa e nosso caráter defeituoso. Os que saem para contar suas mágoas particulares a outros, fariam melhor em ficar em casa para orar, entregar sua vontade perversa a Deus, caírem sobre a Rocha e se despedaçarem, morrerem para o próprio eu para que Jesus os faça vasos de honra. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. LA 38 3 Uma falta de cortesia, um momento de petulância, uma única palavra áspera, irrefletida, manchar-vos-á a reputação, e poderá cerrar de tal modo a porta de corações, que nunca mais os alcanceis. -- Testimonies for the Church 5:335. O cristianismo no lar irradia até longe LA 38 4 O esforço de fazer do lar o que ele deve ser -- um símbolo do lar celeste -- prepara-nos para trabalhar em uma esfera mais ampla. A educação recebida mediante o mostrar terna consideração uns pelos outros, habilita-nos a saber atingir os corações que precisam aprender os princípios da verdadeira religião. A igreja necessita todas as cultivadas energias espirituais que se possam obter, para que todos, e em especial os membros mais novos da família do Senhor, sejam cuidadosamente guardados. A verdade vivida em casa se faz sentir em desinteressado serviço lá fora. Aquele que vive o cristianismo no lar, será em toda parte uma brilhante luz. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1898. ------------------------Capítulo 6 -- A grande decisão Um casamento feliz ou infeliz? LA 43 1 Caso aqueles que pensam em casar-se não queiram fazer amargas, infelizes reflexões depois do casamento, precisam torná-lo objeto de considerações sérias, atentas agora. Dado precipitadamente, esse passo é um dos meios mais eficazes para arruinar a utilidade de rapazes e moças. A vida se torna um fardo, uma maldição. Pessoa alguma pode com mais eficácia estragar a felicidade e a utilidade de uma mulher, e tornar-lhe a vida mais pungente fardo, que seu marido; e ninguém pode fazer a centésima parte para despedaçar as esperanças e aspirações de um homem, para lhe paralisar as energias e arruinar-lhe a influência e as perspectivas, como sua própria esposa. É da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nesta vida, e suas esperanças de existência futura. -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. LA 43 2 Quisera poder fazer com que a juventude visse e sentisse seu perigo, especialmente o de fazerem casamentos infelizes. -- Testimonies for the Church 4:622. LA 43 3 O casamento é alguma coisa que influenciará e afetará vossa vida tanto neste mundo como no por vir. Um cristão sincero não levará avante seus planos sem conhecer que Deus lhe aprove as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. Não temos de nos agradar a nós mesmos, pois Cristo não Se agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deve casar-se com uma pessoa a quem não ame. Isto seria pecado. Porém a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de dirigir para a ruína. Deus requer todo coração, o supremo afeto. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. Sem pressa LA 44 1 Poucos têm idéias corretas acerca da relação conjugal. Muitos pensam que o casamento é a conquista da perfeita bem-aventurança; mas se eles soubessem um quarto dos pesares de homens e mulheres ligados pelos votos matrimoniais em cadeias que eles não podem e não ousam quebrar, e não se surpreenderiam que eu traçasse estas linhas. O casamento, na maioria dos casos, é um jugo muito aflitivo. Milhares há que se acham acasalados, porém não casados. Os livros do Céu acham-se carregados com os infortúnios, a impiedade e o abuso que jazem ocultos sob o manto do casamento. Eis porque eu desejaria advertir os jovens que se acham em idade casadoura a sofrearem a pressa na escolha de um companheiro. O caminho da vida conjugal pode parecer belo e pleno de felicidade; mas por que não podereis ser decepcionados como milhares de outros o têm sido? -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. LA 44 2 Os que pensam em casar-se devem tomar em conta qual será o caráter e a influência do lar que vão fundar. Ao tornarem-se pais, é-lhes confiado um santo legado. Deles depende em grande medida o bem-estar dos filhos neste mundo, e sua felicidade no mundo por vir. Eles determinam em grande extensão a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança. -- A Ciência do Bom Viver, 357. Fatores vitais na escolha LA 44 3 Deve a juventude cristã exercer grande cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidai, para que isso que agora julgais ser ouro puro, não se vos demonstre metal vil. As companhias profanas tendem a pôr empecilhos no caminho de vosso serviço a Deus, e muitas almas são arruinadas por uniões infelizes, quer em negócios quer no casamento, com os que não podem elevar ou enobrecer. -- Fundamentos da Educação Cristã, 500. LA 45 1 Pesai cada sentimento, e observai todo desenvolvimento de caráter naquele a quem pensais ligar o destino de vossa vida. O passo que estais prestes a dar é um dos mais importantes em vossa vida, e não deve ser dado precipitadamente. Se bem que ameis, não ameis cegamente. LA 45 2 Considerais a ver se vossa vida conjugal seria feliz ou destituída de harmonia e arruinada. Formulai a pergunta: Ajudar-me-á esta união na direção do Céu? Aumentará ela meu amor para com Deus? Ampliará ela minha esfera de utilidade nesta vida? Caso estas reflexões não apresentarem motivos de recuos, então, ide avante, no temor de Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 104, 105. LA 45 3 Muitos homens e mulheres agiram, ao entrar para a relação matrimonial, como se a única questão que lhes cabia resolver, fosse se amavam um ao outro ou não. Devem, entretanto, compreender que sobre eles repousa, na relação matrimonial, responsabilidade maior que essa. Cumpre-lhes considerar se seus descendentes terão saúde física, e força mental e moral. Mas poucos agiram com motivos nobres, e com elevadas considerações que não poderiam rejeitar levianamente -- que a sociedade tinha sobre eles direitos, que o peso de sua família influiria na escala ascendente ou descendente. -- Mensagens aos Jovens, 461. LA 45 4 A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual de sorte que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador. -- A Ciência do Bom Viver, 357, 358. Qualidades a serem buscadas numa esposa LA 45 5 Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor. LA 46 1 "Do Senhor vem a mulher prudente." Provérbios 19:14. "O coração do seu marido está nela confiado. ... Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior." Provérbios 31:11, 12, 26-29. O que consegue tal esposa "acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor". Provérbios 18:22. -- A Ciência do Bom Viver, 359. LA 46 2 Eis algumas coisas que devem ser consideradas: Trará aquela a quem desposais, felicidade a vosso lar? É econômica, ou há de, quando casada, gastar não somente todos os seus rendimentos, mas todos os vossos, para satisfazer a vaidade, o amor da aparência? São seus princípios corretos nesse sentido? Possui ela agora alguma coisa de que possa depender? ... Sei que no espírito de um homem absorvido pelo amor e pensamentos de casamento, estas perguntas serão varridas para longe como de nenhuma importância. Estas coisas, no entanto, devem ser devidamente consideradas, porquanto têm que ver com vossa vida futura. ... LA 46 3 Em vossa escolha de uma esposa, estudai-lhe o caráter. Será ela paciente e laboriosa? Ou deixará ela de cuidar de vossa mãe e vosso pai justamente ao tempo em que eles necessitam de um filho forte em que se apoiarem? Ou há de ela afastar esse filho do convívio deles a fim de levar avante seus planos e servir a seu prazer, deixando o pai e a mãe que, em vez de ganharem uma filha afetuosa, perderam um filho? -- Carta 23, 1886. Qualidades a serem buscadas num marido LA 47 1 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa. -- Testemunhos Selectos 2:119. LA 47 2 Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente mãe? Que espécie de caráter tem ela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É ele atencioso para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá. -- Fundamentos da Educação Cristã, 105. Aceitar apenas traços puros, varonis LA 47 3 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 359. LA 47 4 Evitai os que são irreverentes. Evitai aquele que ama a ociosidade; evitai o que for zombador das coisas sagradas. Esquivai-vos à companhia daquele que usa linguagem profana, ou é dado ao uso de um copo que seja de bebida alcoólica. Não escuteis as propostas de um homem que não tem percepção de sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a alma, dar-vos-á coragem para vos desvencilhardes da mais aprazível relação de amizade com quem sabeis que não ama nem teme a Deus, nem conhece nada acerca dos princípios da verdadeira justiça. Podemos suportar sempre as fraquezas de um amigo e sua ignorância, porém nunca seus vícios. -- Carta 51, 1894. É mais fácil cometer um erro do que corrigi-lo LA 48 1 Os casamentos planejados impulsiva e de forma egoísta, não dão em geral bom resultado, antes se demonstram lamentáveis fracassos. Ambas as partes sentem-se enganadas, e de boa vontade desfariam aquilo que fizeram sob a paixão. É mais fácil, muito mais fácil, cometer um erro, do que corrigi-lo depois de cometido. -- Carta 23, 1886. É melhor romper um noivado imprudente LA 48 2 Mesmo que tenhais chegado a um noivado sem pleno conhecimento do caráter da pessoa com quem vos pretendeis unir, não penseis que o noivado constitua positiva necessidade de que pronuncieis o voto matrimonial e ligueis vossa vida a uma pessoa a quem não possais amar e respeitar. Sede muito cuidadosos quanto à maneira por que entrais em um noivado condicional; porém é melhor, muito melhor, romper com o noivado antes do casamento, do que vos separardes depois, como fazem muitos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 105. LA 48 3 Poderás dizer: "Mas eu dei minha palavra, e deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se fizeste uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrata-a sem demora, e em humildade diante de Deus arrepende-te da vaidade que te levou a dar a palavra tão precipitadamente. Muito melhor é retirares tal promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e desonrar assim teu Criador. -- Testemunhos Selectos 2:122. LA 49 1 Seja todo passo em direção ao casamento caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. -- A Ciência do Bom Viver, 359. ------------------------Capítulo 7 -- Amor verdadeiro ou paixão O amor é um precioso dom de Jesus LA 50 1 É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos. -- A Ciência do Bom Viver, 358. LA 50 2 Pouco é o amor real, genuíno, devotado e puro. Este precioso artigo é muito raro. A paixão recebe o nome de amor. -- Testimonies for the Church 2:381. LA 50 3 O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado. -- Patriarcas e Profetas, 176. LA 50 4 O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência. -- Testimonies for the Church 4:548. Amor verdadeiro ou paixão LA 50 5 O amor... não é irrazoável; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa totalmente diversa. Ao passo que o amor puro introduzirá a Deus em todos os seus planos e estará em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão será obstinada, precipitada, irrazoável, desafiadora de toda restrição, e tornará o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á o amor de Deus. Modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizam todo passo no sentido do casamento. Os que são assim regidos não se absorvem na companhia um do outro com detrimento do interesse nas reuniões de oração e de culto. Seu fervor na verdade não perece pela negligência das oportunidades e privilégios que Deus graciosamente lhes deu. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. LA 51 1 O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual, será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa insensatez fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumentos nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua conduta. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1903. LA 51 2 O amor verdadeiro não é uma paixão forte, ardente, impetuosa. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das coisas meramente exteriores, sendo atraído unicamente pelas qualidades. É sábio e apto a discriminar, e sua dedicação é real e permanente. -- Testemunhos Selectos 1:208. LA 51 3 O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, espiritualiza-se, e revela-se em palavras e atos. O cristão deve ter uma ternura e um amor santificados, em que não há impaciência ou irritação; as maneiras rudes, ásperas, precisam ser abrandadas pela graça de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:335. Fugir do sentimentalismo como da lepra LA 51 4 A imaginação, o sentimentalismo amoroso, devemos guardar-nos deles como da lepra. Muitos, muitos dos rapazes e moças nesta época do mundo, carecem de virtude; portanto é necessário haver muita cautela. ... Os que conservaram um caráter virtuoso, se bem que faltem em outras qualidades desejáveis, podem ser de real valor moral. -- Testimonies for the Church 5:123. LA 51 5 Pessoas há que fizeram por algum tempo profissão de fé religiosa e que estão, para todos os intentos e desígnios, sem Deus e destituídas de sensibilidade de consciência. São vãs e frívolas; sua conversa é de baixo teor. O namoro e o casamento ocupam-lhes a mente, com exclusão dos pensamentos mais elevados e nobres. -- Testemunhos Selectos 1:587. LA 52 1 Os jovens se acham fascinados com a mania do namoro e do casamento. Domina o sentimentalismo amoroso. Grande vigilância e tato são necessários para preservar os jovens dessas errôneas influências. -- Testimonies for the Church 5:60. LA 52 2 Não ensinais vossas filhas a exercerem abnegação e domínio próprio. Elas são mimadas e seu orgulho acariciado. Permite-se-lhes seguir o seu próprio caminho até que se tornam obstinadas e rebeldes, e ficais sem saber o que fazer para salvá-las da ruína. Satanás as está levando a se tornarem um provérbio na boca dos descrentes, por causa de sua audácia, falta de discrição e modéstia femininas. Semelhantemente, permite-se aos meninos seguirem seu próprio caminho. Mal atingem a adolescência, já são vistos ao lado de garotas da mesma idade, acompanhando-as até a casa e namorando-as. E os pais estão de tal maneira escravizados em virtude da própria condescendência e falso amor a seus filhos, que não ousam seguir uma conduta decisiva para fazer uma mudança e refrear seus filhos demasiado ousados nesta época difícil. -- Testimonies for the Church 2:460. Conselhos a uma jovem romântica LA 52 3 Caíste no lamentável erro tão dominante nesta era degenerada, em especial para as mulheres. És demasiado amante do outro sexo. Gostas de sua companhia; é lisonjeira tua atenção para com eles, e animas ou permites uma familiaridade que nem sempre está em harmonia com a exortação do apóstolo, de abster-ser "de toda aparência do mal". 1 Tessalonicenses 5:22. ... LA 52 4 Desvia a mente de projetos românticos. Misturas com tua religião um sentimentalismo romântico, amoroso, que não eleva, mas só rebaixa. Não és apenas tu que és afetada por ele; outros são prejudicados por teu exemplo e influência. ... Os sonhos e os castelos no ar te têm incapacitado para o que é útil. Tens vivido em um mundo imaginário; tens sido mártir imaginária e imaginária cristã. LA 53 1 Há muito desse baixo sentimentalismo de mistura com a vida religiosa dos jovens desta época do mundo. Minha irmã, Deus requer que te transformes. Eleva tuas afeições, eu te imploro. Consagra tuas faculdades mentais e físicas ao serviço de teu Redentor, que te comprou. Santifica teus pensamentos e sentimentos, para que todas as tuas obras sejam operadas em Deus. -- Testimonies for the Church 2:248-251. Advertência a um jovem estudante LA 53 2 Estás agora em tua vida de estudante; demora a mente em assuntos espirituais. Afasta de tua vida todo o sentimentalismo. Dá-te a ti mesmo vigilantes instruções, e põe-te sob o domínio próprio. Encontras-te no período de formação de caráter; coisa alguma deve ser considerada trivial ou sem importância uma vez que te prejudique os mais altos e santos interesses, tua eficiência no preparo para o fazer a obra que Deus te designou. -- Carta 23, 1893. Resultados do namoro e casamento imprudentes LA 53 3 Podemos ver que a cada passo se nos deparam inúmeras dificuldades. A iniqüidade nutrida por jovens e idosos; os namoros e casamentos imprudentes, profanos, não podem deixar de dar em resultado disputas, contendas, desunião, condescendência com ir-refreadas paixões, na infidelidade de maridos e esposas, na indisposição para refrear os desejos voluntariosos, desordenados, e na indiferença para com as coisas de interesse eterno. ... LA 53 4 A santidade dos oráculos de Deus não é amada por muitos que professam ser cristãos bíblicos. Eles mostram por sua conduta livre, frouxa, que preferem mais ampla liberdade. Não querem que suas condescendências egoístas sejam limitadas. -- Manuscrito 14, 1888. Guardar as afeições LA 54 1 Cingi os lombos de vosso espírito, diz o apóstolo; regei pois vossos pensamentos, não lhes permitindo plena liberdade. Os pensamentos podem ser restringidos e controlados por esforços determinados de vossa parte. Pensai corretamente, e praticareis ações retas. Tendes então de guardar as afeições, não as deixando soltas para se fixarem em objetos impróprios. Jesus vos comprou com Sua própria vida; pertencei-Lhe; portanto, Ele deve ser consultado em tudo, quanto à maneira por que as faculdades de vossa mente e as afeições de vosso coração devem ser empregadas. -- The Youth's Instructor, 21 de Abril de 1886. ------------------------Capítulo 8 -- Práticas comuns de namoro Idéias erradas de namoro e casamento LA 55 1 As idéias de namoro têm seu fundamento em idéias errôneas acerca do casamento. Seguem o impulso e a paixão cega. A corte é feita num espírito de flerte. As partes transgridem com freqüência as regras da modéstia e do recato e são culpadas de indiscrição, se é que não transgridem a lei de Deus. O elevado, nobre e sublime desígnio de Deus na instituição do casamento não é discernido; portanto as mais puras afeições do coração, os mais nobres traços de caráter não são desenvolvidos. LA 55 2 Nem uma palavra deve ser proferida, nem uma ação praticada, que não queirais que os santos anjos contemplem e registrem nos livros do alto. Deveis ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve ter afeição pura, santificada, digna dos seguidores de Jesus Cristo, exaltada em sua natureza, e mais celeste que terrena. Qualquer coisa diferente é aviltante, degradante no namoro; e o casamento não pode ser santo e honroso aos olhos de um Deus puro e santo, a menos que seja segundo os exaltados princípios bíblicos. -- Manuscrito 4a, 1885. LA 55 3 A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que ver do que o Senhor. Se há coisa em que seja necessário o bom senso, é essa; mas o fato é que ele é pouco exercitado nesse assunto. -- Fundamentos da Educação Cristã, 105. Ficar até tarde da noite LA 56 1 O hábito de ficarem acordados até tarde da noite é costume; porém isto não agrada a Deus, ainda que sejais ambos cristãos. Essas horas impróprias são prejudiciais à saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte, e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que tenhas suficiente respeito próprio para evitar essa forma de namoro. Se tiveres unicamente em vista a glória de Deus, teus passos serão dados com estudada cautela. Não permitirás que o sentimentalismo amoroso te cegue de tal maneira a visão que não possas discernir os elevados direitos de Deus sobre ti como cristão. -- Testimonies for the Church 3:44, 45. LA 56 2 Os anjos de Satanás estão de vigia aos que passam grande parte da noite namorando. Fossem os seus olhos abertos, e veriam um anjo a fazer o relatório de suas palavras e atos. As leis da saúde e da modéstia são violadas. Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados. Mas em geral o casamento acaba com toda devoção manifestada durante os dias do noivado. LA 56 3 Estas horas desperdiçadas da meia-noite, nessa época de depravação, levam com freqüência à ruína ambas as partes empenhadas. Satanás exulta e Deus é desonrado quando homens e mulheres se desonram a si mesmos. O bom nome da honra é sacrificado sob o acesso de paixões, e o casamento dessas pessoas não pode ser solenizado sob a aprovação de Deus. Casaram-se porque a paixão os impulsionou, e quando a novidade do fato houver passado, começarão a compreender o que fizeram. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. LA 56 4 Satanás sabe exatamente com que elementos tem de tratar, e emprega sua infernal sabedoria em vários ardis, a fim de enlaçar almas para a ruína. Observa cada passo que se dê, e faz muitas sugestões, e muitas vezes estas sugestões são seguidas de preferência ao conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e desprevenidos. Pode achar-se muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas traspassam-se a si mesmos com muitas dores. Em resultado, vemos ruínas humanas por toda parte. -- Fundamentos da Educação Cristã, 103, 104. Brincar com corações LA 57 1 Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostrarão preferência por moças e lhes despertarão as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. LA 57 2 Esta disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações. Quão essencial é, pois, que os jovens de tal modo cinjam os lombos de seu espírito e cuidem de seu proceder de modo que Satanás não os possa iludir para se desviarem do caminho da justiça! -- The Review and Herald, 4 de Novembro de 1884. Maneiras enganadoras no namoro LA 57 3 O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais. ... LA 58 1 "Não furtarás" (Êxodo 20:15), foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno de seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade. ... LA 58 2 Esta maneira desleal em que se levam avante namoros e casamentos é a causa de grande quantidade de miséria, cuja inteira extensão só Deus conhece. Nesse recife milhares sofreram o naufrágio da alma. Cristãos professos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensatos em todos os outros assuntos, neste cometem terríveis erros. Manifestam uma vontade firme, resoluta, a qual a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não têm o desejo de examinar a Bíblia e entrar em comunhão íntima com Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 101-103. Evitar o primeiro passo LA 58 3 Quando se transgride um dos mandamentos do Decálogo, são quase certos os passos em descida. Uma vez removidas as barreiras da modéstia feminina, as mais baixas licenciosidades não parecem excessivamente pecaminosas. Ai! que terríveis resultados da influência da mulher para o mal se podem hoje testemunhar no mundo! Pelas seduções das "mulheres estranhas" (1 Reis 11:1), há milhares encarcerados nas celas das prisões, muitos tiram a própria vida, e outros tantos tiram a vida do próximo. Quão verdadeiras as palavras da Inspiração: "Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno." Provérbios 5:5. LA 59 1 Acham-se colocados a todo lado no caminho da vida faróis de advertência a fim de impedir os homens de se aproximarem de terrenos perigosos e proibidos; não obstante, multidões preferem o caminho fatal, contrário aos ditames da razão, sem consideração para com a lei de Deus, e em desafio a Sua vingança. LA 59 2 Os que quiserem conservar a saúde física, vigor intelectual e moral sã precisam fugir "dos desejos da mocidade". 2 Timóteo 2:22. Os que fizerem zelosos e decididos esforços para combater a impiedade que levanta a cabeça ousada e presunçosa em nosso meio, são odiados e difamados pelos malfeitores, mas serão honrados e recompensados por Deus. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1903. Semear joio -- ceifar amarga colheita LA 59 3 Não deveis pôr em risco a vossa alma semeando joio. Não vos podeis permitir descuidos quanto aos companheiros que escolheis. -- Mensagens aos Jovens, 164. LA 59 4 Um pouco de tempo passado a semear vossos joios, queridos amigos jovens, produzirá uma colheita que vos amargará a vida inteira; uma hora de irreflexão, o ceder à tentação uma única vez, poderá dirigir o curso de vossa vida na direção errada. Não podeis ter senão uma juventude; tornai-a proveitosa. Havendo uma vez passado pelo caminho, nunca mais podereis volver para retificar os vossos erros. Aquele que se recusa a ligar-se com Deus, e se coloca no caminho da tentação, certamente cairá. Deus está a provar cada jovem. Muitos têm desculpado seu descuido e irreverência com o mau exemplo a eles dado por professos cristãos de mais experiência. Mas isto não deve deter ninguém de proceder corretamente. No dia do final ajuste não apresentareis estas desculpas que hoje dais. -- Testimonies for the Church 4:622, 623. ------------------------Capítulo 9 -- Casamentos proibidos Casamentos de cristãos com descrentes LA 61 1 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença para com os ensinos da Palavra de Deus acerca do casamento de cristãos com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus preferem seguir a inclinação de seu próprio espírito, em vez de tomarem conselho com a Sabedoria Infinita. Em uma questão que interessa vitalmente à felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o por vir, a razão, o juízo e o temor de Deus são postos de parte, permitindo-se que domine o cego impulso, a obstinada determinação. LA 61 2 Homens e mulheres de outro modo sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos aos conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes, e dos servos de Deus. A expressão de um aviso ou advertência é considerada impertinente intromissão, e o amigo que é fiel bastante para pronunciar uma admoestação, é tratado como inimigo. Tudo isto é como Satanás deseja. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o pescoço da concupiscência, a paixão não santificada toma o domínio até que, demasiado tarde, a vítima desperta a uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro traçado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente. -- Testemunhos Selectos 2:123. São positivos os mandamentos de Deus LA 61 3 O Senhor ordenou ao Israel antigo que não deveria haver casamentos com pessoas das nações idólatras ao seu redor: "Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos e não tomarás suas filhas para teus filhos." Deuteronômio 7:3. É dada a razão para isso. A Infinita Sabedoria, prevendo o resultado de semelhantes uniões, declara: "Pois elas fariam desviar teus filhos de Mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós e depressa vos consumiria." Deuteronômio 7:4. "Porque povo santo és ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há." Deuteronômio 7:6. ... LA 62 1 No Novo Testamento existem proibições semelhantes acerca do casamento de cristãos com ímpios. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, declara: "A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor." 1 Coríntios 7:39. De novo, em sua segunda epístola, escreve: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. -- Testemunhos Selectos 2:363, 364. LA 62 2 A maldição de Deus repousa sobre muitas das ligações inoportunas e impróprias que se formam nesta época atual. Se a Bíblia deixasse estas questões vaga e imprecisamente, então seria mais desculpável o procedimento que muitos jovens de hoje estão seguindo em suas relações. Mas os reclamos bíblicos não são ordens incompletas; requerem perfeita pureza de pensamento, palavras e atos. Somos gratos a Deus porque Sua Palavra é uma luz para os nossos pés, e porque ninguém precisa errar o caminho do dever. Os jovens devem constituir seu dever consultar suas páginas e atender a seus conselhos; pois lamentáveis erros são sempre cometidos ao desviar-se de seus preceitos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 102, 103. Deus proíbe que crentes se casem com descrentes LA 63 1 Nunca se deve o povo de Deus aventurar em terrenos proibidos. O casamento entre crentes e descrentes é proibido por Deus. Mas demasiadas vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos, e formam-se uniões matrimoniais não sancionadas por Deus. Por isso muitos homens e mulheres se acham sem esperança e sem Deus no mundo. Suas nobres aspirações se acham mortas; por uma cadeia de circunstâncias eles estão detidos na rede de Satanás. Os que são dominados pela paixão e os impulsos terão amarga colheita a ceifar nesta vida, e sua direção pode dar em resultado a perda de sua alma. -- Fundamentos da Educação Cristã, 500, 501. LA 63 2 Os que professam a verdade desprezam a vontade de Deus desposando incrédulos; perdem-Lhe o favor, e fazem dura a obra do arrependimento. O incrédulo poderá ser dotado de excelente caráter moral; o fato, de que ele ou ela não atendeu às reivindicações de Deus, e negligenciou tão grande salvação, é razão suficiente para que se não consume tal união. O caráter do incrédulo talvez seja semelhante ao do jovem a quem Jesus dirigiu as palavras: "Ainda te falta uma coisa" (Lucas 18:22), aquilo era coisa necessária. -- Testemunhos Selectos 1:574. O exemplo de Salomão LA 63 3 Há homens pobres e obscuros cuja vida Deus aceitaria e tornaria cheia de utilidade na Terra e de glória no Céu, mas Satanás está operando persistentemente para derrotar Seus desígnios e arrastá-los à perdição mediante o casamento com pessoas cujo caráter é de tal natureza que eles como que se lançam diretamente atravessados na estrada da vida. Bem poucos saem vitoriosos desse emaranhado. -- Testimonies for the Church 5:124. LA 64 1 Satanás bem sabia os resultados que se seguiriam à obediência; e durante os primeiros anos do reinado de Salomão -- anos gloriosos por causa da sabedoria, beneficência e retidão do rei -- ele procurou introduzir influências que haviam de desarraigar traiçoeiramente a lealdade de Salomão aos princípios e fazê-lo separar-se de Deus. E que o inimigo foi bem-sucedido nesse esforço, sabemos pelo relato: "E Salomão se aparentou com Faraó, rei do Egito, e tomou a filha de Faraó, e a trouxe à Cidade de Davi." 1 Reis 3:1. LA 64 2 Formando concerto com uma nação pagã, e selando o pacto pelo casamento com uma princesa idólatra, rejeitou Salomão temerariamente as sábias providências que Deus fizera para manter a pureza de Seu povo. A esperança de que essa esposa egípcia se convertesse não foi senão uma fraca desculpa ao pecado. Em violação de um positivo mandamento de permanecer separado de outras nações, o rei uniu sua força com o braço da carne. LA 64 3 Por algum tempo, em Sua compassiva misericórdia, Deus dominou esse terrível erro. A mulher de Salomão se converteu; e o rei, por uma sábia liderança, poderia ter feito muito para combater as forças do mal que sua imprudência pusera em operação. Salomão começou porém, a perder de vista a Fonte de seu poder e glória. A inclinação tomou ascendência sobre a razão. À medida que crescia sua confiança em si mesmo, ele procurou cumprir os desígnios do Senhor ao seu modo. ... LA 64 4 Muitos professos cristãos pensam, como Salomão, que podem se unir com os descrentes porque sua influência sobre os que se acham no erro será benéfica; mas muitas vezes eles próprios, enredados e vencidos, cedem sua fé sagrada, sacrificam os princípios e separam-se de Deus. Um passo em falso induz a outro, até que afinal eles se colocam onde não podem esperar romper as cadeias que os prendem. -- Fundamentos da Educação Cristã, 498-500. A desculpa: "é favorável à religião" LA 65 1 Alega-se por vezes que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos em cada dez, triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido, e vão sendo derribadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. Mesmo nos festejos das bodas, o espírito mundano triunfa da consciência, da fé e da verdade. No novo lar não é respeitada a hora da oração. A noiva e o noivo preferiram-se um ao outro e despediram a Jesus. -- Testimonies for the Church 4:505. A mudança no crente LA 65 2 A princípio talvez o incrédulo não manifeste oposição; quando, porém, é apresentado à sua atenção o assunto da verdade bíblica, para que o considere, ergue-se imediatamente o sentimento: "Você casou comigo sabendo que eu era o que sou; não quero ser incomodado. Daqui em diante fique entendido que são proibidas as conversas sobre seus peculiares pontos de vista." Caso o crente manifeste qualquer zelo especial com relação a sua fé, pareceria descortês para com aquele que não toma nenhum interesse na vida cristã. LA 66 1 O crente raciocina que, nas novas relações, tem de conceder alguma coisa ao companheiro de sua escolha. São patrocinados entretenimentos sociais, mundanos. A princípio com grande relutância de sentimentos por parte do crente ao fazer isto, mas depois o interesse na verdade vai-se tornando cada vez menor, e a fé se transforma em dúvida e incredulidade. Ninguém haveria suspeitado que aquele outrora firme e consciencioso crente e consagrado seguidor de Cristo pudesse se tornar um dia duvidoso, vacilante, como agora é. Oh! a mudança operada por aquele casamento imprudente! -- Testimonies for the Church 4:505, 506. LA 66 2 Coisa perigosa é formar uma aliança mundana. Bem sabe Satanás que o momento que testemunha o enlace de muitos rapazes e moças, põe um ponto final em sua história religiosa, em sua utilidade nesse sentido. Acham-se perdidos para Cristo. Poderão, por algum tempo, fazer um esforço para viver a vida cristã; todos esses esforços, no entanto, são feitos contra decidida corrente em sentido contrário. Outrora era para eles um privilégio e prazer falar acerca de sua fé e esperança; chegam, porém, a relutar para mencionar tal assunto, sabendo que aquele com quem uniram o destino não tem nenhum interesse no mesmo. Em conseqüência, perece no coração a fé na preciosa verdade, e Satanás tece perigosamente em torno deles uma rede de dúvida. -- Testimonies for the Church 4:504, 505. Arriscar o céu LA 66 3 "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 18:19. Quão estranho, porém, o que se nos depara! Enquanto um daqueles que se acham tão estreitamente unidos está empenhado em devoção, o outro vive indiferente e descuidoso; ao passo que um busca o caminho da vida eterna, o outro segue a estrada larga que conduz à morte. LA 66 4 Centenas de pessoas têm sacrificado a Cristo e ao Céu em conseqüência de haverem desposado um não-convertido. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo seja de tão pouco valor para eles, que preferiram a companhia de pobres mortais? É o Céu tão pouco estimado, que estejam dispostos a arriscar sua vida por alguém que não sente amor algum para com o precioso Salvador? -- Testimonies for the Church 4:507. LA 67 1 Unires-te a um incrédulo é colocares-te no terreno de Satanás. Ofendes o Espírito de Deus e perdes Sua proteção. Podes sujeitar-te a tão terríveis desvantagens na peleja da batalha pela vida eterna? -- Testimonies for the Church 5:364. LA 67 2 Pergunta-te a ti mesma: "Não desviará um marido descrente os meus pensamentos de Jesus? Ele é amante dos prazeres mais do que amante de Deus; não me levará a apreciar as coisas de que gosta?" O caminho para a vida eterna é íngreme e áspero. Não tomes sobre ti fardos além dos necessários, que retardam o teu progresso. -- Testimonies for the Church 5:363. Um lar sem sombras LA 67 3 O coração anela o amor humano, mas esse amor não é bastante forte, ou bastante puro, ou precioso bastante, para suprir o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador pode a esposa encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Deve constituí-Lo sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a qualquer amigo terreno, e não assuma qualquer relação que entre em atrito com isso. Os que encontram a verdadeira felicidade, precisam da bênção dos Céus sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de miséria a tantos corações e lares. Minha irmã, a menos que desejes ter um lar de onde nunca se levantem as sombras, não te unas com um homem que é inimigo de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:120. O raciocínio do cristão LA 67 4 Que deve fazer todo crente quando levado a essa posição difícil para a solidez dos princípios religiosos? Com firmeza digna de imitação, ele deve dizer francamente: "Sou um cristão consciencioso. Creio que o sétimo dia da semana é o sábado bíblico. Nossa fé e princípios são tão diversos que levam a direções opostas. Não nos é possível ser felizes juntos, pois se prossigo em adquirir mais perfeito conhecimento da vontade de Deus, me tornarei mais e mais diferente do mundo, e mais me assemelharei a Cristo. Se você continua a não ver nenhuma beleza em Jesus, nenhuma atração na verdade, amará o mundo, que eu não posso amar, ao passo que eu me deleitarei nas coisas de Deus, a que você não pode ter amor. As coisas espirituais discernem-se espiritualmente. Sem discernimento espiritual você será incapaz de ver os direitos que Deus tem sobre mim, ou de avaliar minhas obrigações para com o Mestre a quem sirvo; então você achará que o negligencio por causa de meus deveres religiosos. Não se sentirá feliz; terá ciúmes da afeição que consagro a Deus; e me sentirei só em minha crença religiosa. Quando se mudarem seus pontos de vista, quando seu coração atender aos reclamos de Deus, e aprender a amar a meu Salvador, então poderemos reatar nossas relações." LA 68 1 O crente faz então por Cristo um sacrifício que sua consciência aprovará, e que mostra que ele estima a vida eterna demasiado alto para correr o risco de perdê-la. Sente que melhor lhe é permanecer solteiro do que ligar seus interesses por toda a vida com uma pessoa que prefere o mundo a Jesus, e que o buscaria levar para longe da cruz de Cristo. -- Testimonies for the Church 4:506, 507. Um casamento bem fundamentado LA 68 2 Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para o casamento. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta. -- A Ciência do Bom Viver, 358. Quando um dos cônjuges se converte depois de casado LA 69 1 A pessoa que entrou para a relação matrimonial quando ainda não convertida, coloca-se pela sua conversão sob uma obrigação maior de ser fiel à pessoa consorte, por mais que difiram com respeito à fé religiosa; todavia, as exigências de Deus devem ser postas acima de toda a relação terrena, mesmo que provas e perseguições possam ser o resultado. Com espírito de amor e mansidão, esta fidelidade pode ter influência no sentido de ganhar o descrente. -- Patriarcas e Profetas, 175. ------------------------Capítulo 10 -- Quando é necessário um conselho Buscar conselho na Bíblia LA 70 1 Instituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se deve entrar nele em espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em dar esse passo, devem considerar-lhe solenemente e com oração a importância, e buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo uma direção em harmonia com a vontade de Deus. A instrução dada na Palavra de Deus a esse respeito deve ser cuidadosamente considerada. O Céu contempla com prazer o casamento formado com sincero desejo de conformar-se com as direções dadas na Escritura. -- Carta 17, 1896. LA 70 2 Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida. Mas a idéia predominante é a de que nesta questão os sentimentos é que devem ser o guia; e, em muitíssimos casos, o apaixonado sentimentalismo toma as rédeas e leva à ruína certa. É aqui que os jovens mostram menos inteligência do que em qualquer outro assunto; é aqui que se recusam a ouvir razões. A questão do casamento parece ter sobre eles um poder enfeitiçante. Não se submetem a Deus. Seus sentidos se acham como que acorrentados, e eles seguem seu caminho com certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém. -- Fundamentos da Educação Cristã, 103. LA 70 3 Muitos estão navegando em perigoso porto. Precisam de um piloto; desdenham, no entanto, receber o tão carecido auxílio, julgando que são competentes para dirigir seu barco, e não reconhecendo que ele está prestes a dar num recife oculto, o qual lhes poderá causar o naufrágio da fé e da felicidade. ... A menos que sejam diligentes estudantes dessa Palavra, cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a sua felicidade e a de outros, tanto para a vida presente como para a futura. -- Fundamentos da Educação Cristã, 100. A oração é necessária para decisões acertadas LA 71 1 Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando pensam em dar esse passo. O casamento é uma coisa que influenciará e afetará vossa vida, tanto neste mundo como no futuro. ... LA 71 2 A maioria dos casamentos do nosso tempo, e a maneira em que se realizam, tornam-nos um dos sinais dos últimos dias. Os homens e as mulheres são tão persistentes, tão obstinados, que deixam Deus fora de questão. Põem de lado a religião, como se ela não tivesse parte a desempenhar nessa solene e importante questão. -- Mensagens aos Jovens, 460. Quando a paixão é surda ao conselho LA 71 3 Duas pessoas travam conhecimento; apaixonam-se uma pela outra, e toda a sua atenção é absorvida. A razão fica cega, o discernimento é levado de vencida. Elas não se submetem a qualquer conselho ou controle, mas insistem em seguir sua própria vontade, a despeito das conseqüências. Como uma epidemia, ou doença contagiosa, que deve seguir seu curso, assim é a paixão que os possui; e parece não haver meio de acabar. LA 71 4 Talvez pessoas ao seu redor compreendam que, venham os dois a se casar, isto só trará em resultado uma existência de infelicidade por toda a vida. Mas os rogos, as exortações, são em vão. Talvez, por uma união assim, a utilidade de uma pessoa a quem Deus abençoaria em Seu serviço venha a ser prejudicada e destruída; porém o raciocínio e a persuasão são igualmente desatendidos. Tudo quanto possa ser dito por homens e mulheres de experiência, demonstra-se infrutífero; é impotente para mudar a decisão a que seus desejos os levaram. Perdem o interesse na reunião de oração, e em tudo quanto diz respeito à vida religiosa. Acham-se de todo absorvidos um com o outro, e os deveres da vida são negligenciados, como se fossem coisa de pequena importância. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. A juventude necessita da prudência da idade e experiência LA 72 1 Uma vez que o casamento traz em resultado tanta miséria, por que não teriam os jovens prudência? Por que continuariam a julgar que não precisam de conselho dos mais idosos e mais experientes? Nos negócios, os homens e as mulheres manifestam grande cautela. Antes de se meterem em qualquer empreendimento de importância, preparam-se para essa obra. Tempo, dinheiro e muito cuidadoso estudo, são devotados ao assunto, não aconteça que venham a fracassar em sua empresa. LA 72 2 Quanto maior cautela deveria ser exercida ao entrar para a relação matrimonial -- relação que afeta as gerações futuras e a vida por vir? Em vez disto, é muitas vezes iniciada com gracejos e leviandade, impulso e paixão, cegueira e falta de calma consideração. A única explicação é que Satanás gosta de ver miséria e ruína no mundo, e tece esta rede para enredar as pessoas. Regozija-se por ver essas pessoas imprudentes perderem as vantagens deste mundo e seu lar no mundo vindouro. -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. Deve ser prezado o juízo dos pais LA 72 3 Deverão os filhos consultar tão-somente seus próprios desejos e inclinações, independentemente do conselho e juízo dos pais? Alguns parecem não dispensar nunca uma reflexão aos desejos ou preferências dos pais, nem tomar em consideração seu amadurecido discernimento. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração para a afeição filial. O espírito dos jovens precisa ser despertado quanto a este assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é considerado levianamente, e mesmo positivamente desprezado pelas exigências de um namorado. A desconsideração para com o amor de uma mãe, e desonra da solicitude de um pai, são pecados que se encontram registrados contra muitos jovens. LA 73 1 Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultai a Deus e a vossos pais tementes a Deus, jovens amigos. Orai sobre o assunto. -- Fundamentos da Educação Cristã, 104. Confiar em pais piedosos LA 73 2 Se desfrutais a bênção de ter pais tementes a Deus, procurai deles conselhos. Abri-lhes vossas esperanças e planos, aprendei as lições que lhes ensinaram as experiências da vida, e poupar-se-vos-ão muitas dores. -- A Ciência do Bom Viver, 359. LA 73 3 Se os filhos tivessem mais familiaridade com os pais, se neles confiassem, e lhes desabafassem as alegrias e tristezas, se poupariam muita mágoa futura. Quando se acham perplexos, sem saber qual o procedimento correto, exponham aos pais a questão, tal qual a consideram sob o seu ponto de vista, e peçam-lhes conselho. Quem seria tão capaz como os pais tementes a Deus, de lhes apontar os perigos? Quem tão bem como eles compreenderá seu temperamento particular? Os filhos que forem cristãos avaliarão acima de toda bênção terrena o amor e a aprovação dos pais tementes a Deus. Os pais podem simpatizar com os filhos, e orar por ele e com eles, para que Deus os proteja e guie. Acima de tudo o mais, lhes apontarão o Amigo e Conselheiro que nunca falha. -- Fundamentos da Educação Cristã, 105, 106. Os pais devem guiar as afeições dos jovens LA 74 1 Pais e mães devem sentir que se lhes impõe o dever de guiar as afeições dos jovens, a fim de que possam ser colocadas naqueles que hajam de ser companheiros convenientes. Devem sentir como seu dever, pelo seu próprio ensino e exemplo com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal maneira o caráter de seus filhos desde os seus mais tenros anos, que sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e para o verdadeiro. Os semelhantes atraem os semelhantes; os semelhantes apreciam os semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo implantado na alma, e o jovem procurará a companhia daqueles que possuem essas características. -- Patriarcas e Profetas, 176. O exemplo de Isaque LA 74 2 Os pais nunca deveriam perder de vista sua responsabilidade pela felicidade futura de seus filhos. O respeito de Isaque ao juízo de seu pai foi o resultado do ensino que o habilitou a amar uma vida de obediência. -- Patriarcas e Profetas, 175, 176. LA 74 3 Isaque foi altamente honrado por Deus, sendo feito herdeiro das promessas pelas quais o mundo deveria ser bendito; entretanto, aos quarenta anos de idade, sujeitou-se ao ensino de seu pai ao designar seu servo experimentado e temente a Deus, a fim de escolher-lhe uma esposa. E o resultado daquele casamento, conforme é apresentado nas Escrituras, é um quadro terno e belo, de felicidade doméstica: "E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a. Assim, Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe." Gênesis 24:67. -- Patriarcas e Profetas, 175. Os pais sábios serão considerados LA 75 1 "Devem os pais", perguntais, "escolher o companheiro sem atenção para com o espírito ou os sentimentos do filho ou da filha?" Eu vos dirijo a pergunta como ela deveria ser: Deve um filho ou uma filha escolher um companheiro sem primeiro consultar os pais, quando tal passo pode afetar grandemente a felicidade dos pais, uma vez que tenham algum afeto a seus filhos? E deve esse filho, não obstante o conselho de seus pais, persistir em seguir seu próprio caminho? Respondo positivamente: Não; não, mesmo que ele nunca se haja de casar. O quinto mandamento proíbe tal orientação. "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá." Êxodo 20:12. Eis um mandamento com uma promessa que o Senhor certamente cumprirá aos que obedecem. Os pais prudentes nunca escolherão para seus filhos companheiros sem o respeito para com os desejos deles. -- Testimonies for the Church 5:108. ------------------------Capítulo 11 -- Casamentos apressados, prematuros O perigo de afeições imaturas LA 79 1 Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como a do casamento, e tão vasta no alcance de seus resultados, não deve ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas. -- A Ciência do Bom Viver, 358. LA 79 2 Rapazes e meninas entram em relações matrimoniais com amor imaturo, com juízo não desenvolvido, sem sentimentos nobres e elevados, e assumem os compromissos matrimoniais, completamente guiados por suas paixões juvenis. ... LA 79 3 Afeições formadas em tenra idade têm muitas vezes resultado em uniões infelizes, ou em vergonhosas separações. As uniões precoces, formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação. Os que não se refrearem estarão em perigo de arrastarem uma existência infeliz. LA 79 4 Um jovem entre os dez e os vinte anos é incapaz de julgar da habilidade de uma pessoa tão jovem como ele mesmo, para ser sua companheira por toda a vida. Depois de se haver tornado o juízo deles mais assentado, consideram-se ligados um ao outro por toda a vida, e talvez incapazes de se tornar mutuamente felizes. Então, em vez de fazer de sua sorte o melhor que podem, lançam-se recriminações, a brecha que os separa se alarga, até que se estabeleça positivamente a indiferença e a negligência mútuas. Para eles nada existe de sagrado na palavra "lar". Sua própria atmosfera acha-se envenenada por palavras desamorosas e amargas censuras. -- Mensagens aos Jovens, 452. LA 80 1 Os casamentos precoces produzem grande parte dos males que predominam hoje. O casamento que se faz demasiado cedo não promove nem a saúde física nem o vigor mental. Neste assunto exerce-se muitíssimo pouco a razão. Muitos jovens procedem segundo o impulso. Este passo, que os influencia seriamente para o bem ou para o mal, e que será por toda a vida uma bênção ou maldição, é muitas vezes dado precipitadamente, sob o impulso do sentimento. Muitos há que não dão ouvidos à razão ou às instruções, de um ponto de vista cristão. -- Mensagens aos Jovens, 453. LA 80 2 Satanás está constantemente ocupado em levar jovens inexperientes à união matrimonial. Mas quanto menos nos gloriarmos nos casamentos que se estão realizando, tanto melhor. -- Testimonies for the Church 2:252. LA 80 3 Em conseqüência de casamentos apressados, mesmo entre o professo povo de Deus, há separações, divórcios e grande confusão na igreja. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. LA 80 4 Que contraste entre o procedimento de Isaque e o que é praticado pelos jovens de nossos tempos, mesmo entre os professos cristãos! Os jovens mui freqüentemente acham que a entrega de suas afeições é uma questão na qual o eu apenas deveria ser consultado, questão esta que nem Deus nem os pais de qualquer modo deveriam dirigir. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres feitos, julgam-se competentes para fazerem sua escolha, sem o auxílio de seus pais. Alguns anos de vida conjugal são usualmente bastantes para mostrar-lhes seu erro, mas muitas vezes demasiado tarde para impedir seus resultados funestos. Pela mesma falta de prudência e domínio que determinaram a escolha precipitada, dá-se ocasião a que o mal se agrave, até que a relação matrimonial se torne um jugo mortificante. Muitos assim fizeram naufragar sua felicidade nesta vida, e sua esperança da vida por vir. -- Patriarcas e Profetas, 175. Obreiros em potencial são enredados LA 80 5 Jovens há que receberam a verdade e correram bem por algum tempo, mas Satanás tem-nos enredado em suas malhas mediante uniões insensatas e casamentos desaconselháveis. Isto, ele viu, seria o caminho mais bem-sucedido para desviá-los dos caminhos da santidade. -- Testimonies for the Church 5:114, 115. LA 81 1 Foi-me mostrado que a juventude de hoje não tem verdadeira noção de seu grande perigo. Há entre os jovens que Deus aceitaria como obreiros nos vários ramos de Sua obra, mas aos quais Satanás barra os passos e assim apanha-os em suas teias, de maneira que se tornam arredios de Deus e incapazes para Sua obra. Satanás é um trabalhador perspicaz e perseverante. Ele sabe precisamente como enlaçar o descuidado, e é alarmante que poucos conseguem escapar aos seus ardis. Eles não vêem o perigo e não se guardam contra os seus enganos. Satanás anima-os a se afeiçoarem depressa um ao outro sem buscar a sabedoria de Deus ou daqueles a quem Ele enviou para os advertir, reprovar e aconselhar. Consideram-se auto-suficientes e não desejam ser contidos. -- Testimonies for the Church 5:105, 106. Conselho aos adolescentes LA 81 2 Vossas juvenis idéias de amor pelas jovens não permitem a ninguém uma elevada opinião a vosso respeito. Permitindo que vossa mente siga por este conduto, desviais vosso pensamento do estudo. Sereis levados a formar associações impuras; corrompidos serão os vossos caminhos e os caminhos de outros. Assim é como vosso caso é-me apresentado, e enquanto persistirdes em seguir vosso próprio caminho, quem quer que vos procure guiar, influenciar ou conter, encontrará a mais determinada resistência, porque o vosso coração não está em harmonia com a verdade e a justiça. -- Manuscrito 15a, 1896. Diferenças de idade LA 81 3 Os contraentes podem não possuir riquezas, mas devem ter a bênção maior da saúde. E na maioria dos casos não deve haver diferença muito grande de idade. A negligência desta regra pode resultar em sério dano para a saúde do mais jovem. E não raro sucede serem os filhos lesados em força física e mental. Não podem eles receber de um pai idoso o cuidado e companheirismo que os mais jovens exigem, e estão sujeitos à ficarem privados do pai ou da mãe, pela morte destes, justamente quando o amor e a orientação eram mais necessários. -- A Ciência do Bom Viver, 358. ------------------------Capítulo 12 -- Compatibilidade Adaptados um ao outro LA 83 1 Não há em muitas famílias aquela polidez cristã, aquela verdadeira cortesia, deferência e respeito mútuo que deveriam preparar os membros para se casarem e constituírem por sua vez famílias felizes. Em lugar da paciência, bondade, terna cortesia, e da simpatia e amor cristãos, há palavras ásperas, idéias em conflito e um espírito crítico e ditatorial. -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. LA 83 2 Freqüentemente dá-se o caso que pessoas, antes do casamento, tenham pouca oportunidade de se familiarizarem com os hábitos e disposições uma da outra, e, quanto ao que se refere à vida diária, são virtualmente estranhas quando no altar unem os seus interesses. Muitos acham, demasiado tarde, que não se adaptam um ao outro, e a desgraça por toda a vida é o resultado de sua união. Freqüentes vezes a esposa e os filhos sofrem pela indolência e incapacidade, ou pelos hábitos viciosos do marido e pai. -- Patriarcas e Profetas, 189. LA 83 3 O mundo está cheio de miséria e pecado em conseqüência de maus casamentos. Em muitos casos leva apenas alguns meses para o marido e a mulher reconhecerem que suas disposições não poderão nunca unir-se; e o resultado é que prevalece no lar a discórdia, quando ali só deveriam existir o amor e a harmonia celeste. LA 83 4 Por meio de dissensões sobre assuntos triviais, cultiva-se um espírito de amargura. Francos desacordos e brigas trazem inexprimível miséria para o lar, e separam os que deveriam achar-se unidos nos laços de amor. Assim, milhares se têm sacrificado, alma e corpo, por meio de casamentos imprudentes, tendo enveredado pelo caminho da perdição. -- Mensagens aos Jovens, 453. Contínua divergência num lar dividido LA 84 1 A felicidade e a prosperidade da vida de casados dependem da união dos cônjuges. Como pode a mente carnal se harmonizar com o espírito semelhante ao de Cristo? Um semeia na carne, pensando e agindo em harmonia com os impulsos do próprio coração; o outro semeia no Espírito, busca reprimir o egoísmo, vencer as inclinações, e viver em obediência ao Mestre, a quem professa servir. Existe portanto, eterna diferença de gostos, inclinações e desígnios. A menos que o crente, mediante sua firme adesão aos princípios, conquiste o impenitente, há de, como é o mais comum, ficar desanimado, e vender seus princípios religiosos pela desvaliosa companhia de um ente que não tem ligação com o Céu. -- Testemunhos Selectos 1:577. Casamentos arruinados pela incompatibilidade LA 84 2 Muitos casamentos só podem produzir misérias; e no entanto o espírito dos jovens corre por esse trilho, porque Satanás os leva ali, fazendo-os crer que precisam casar para serem felizes, quando é certo que não possuem a habilidade para controlar-se ou sustentar a família. Os que não estão dispostos a adaptar-se ao temperamento um do outro, bem como a abandonar desagradáveis divergências e controvérsias, não devem dar o passo. Mas este é um dos tentadores enganos dos últimos dias, e por ele milhares são arruinados para esta vida e a futura. -- Testimonies for the Church 5:122, 123. Frutos do amor cego LA 84 3 Cada faculdade dos que ficam afetados por esta contagiosa enfermidade -- o amor cego -- é posta em sujeição a ele. Eles parecem ser desprovidos de bom senso, e sua conduta é desagradável a todos que a contemplam. ... No caso de muitos o clímax da enfermidade é alcançado num casamento imaturo, e quando termina a lua-de-mel e o enfeitiçante poder do primeiro amor passa, um ou ambos os parceiros despertam para a sua verdadeira situação. Compreendem então que estão mal ajustados, mas unidos por toda a vida. Ligados um ao outro pelos mais solenes votos, olham com o coração desalentado para a miserável vida que têm de levar. Toca-lhes então fazer o melhor de sua situação, mas muitos não o fazem. Provam-se falsos aos seus votos matrimoniais, ou tornam tão pesado o jugo que persistiram em pôr sobre o próprio pescoço, que muitos põem covardemente um fim à existência. -- Testimonies for the Church 5:110, 111. LA 85 1 Deve daí por diante ser o estudo vitalício de ambos, marido e mulher, como evitar tudo que produza desavença, para conservar intactos os votos do casamento. -- Testimonies for the Church 5:122. Uma advertência LA 85 2 O Sr. A tem uma natureza tal que Satanás maneja com maravilhoso sucesso. Este caso é um dos que deviam ensinar ao jovem uma lição com respeito ao casamento. Sua esposa seguiu os sentimentos e os impulsos, e não a razão e juízo, na escolha do companheiro. Foi o seu casamento o resultado de verdadeiro amor? Não, não foi; foi o resultado do impulso -- paixão cega e não santificada. Nenhum dos dois estava afinal preparado para as responsabilidades da vida de casados. Quando o enlevo da nova ordem de coisas passou, e um tomou maior conhecimento do outro, tornou-se mais forte o seu amor, mais profunda sua afeição e sua vida mais unida em beleza e harmonia? Exatamente o oposto. Os piores traços do seu caráter intensificaram com o exercício; e em vez de sua vida de casados ser de felicidade, tem sido de crescente perturbação. -- Testimonies for the Church 5:121, 122. LA 85 3 Durante anos, tenho recebido cartas de diferentes pessoas que contraíram casamento infeliz, e as revoltantes histórias que me apresentaram são suficientes para oprimir o coração. Não é coisa fácil decidir que conselho possa ser dado a esses infelizes, ou como sua dura sorte possa ser aliviada; mas sua triste experiência deveria servir de advertência aos outros. -- Testemunhos Selectos 2:123. ------------------------Capítulo 13 -- Educação Doméstica Essencial o preparo para o casamento LA 87 1 Sob nenhum pretexto deve o compromisso matrimonial ser assumido antes que os candidatos tenham conhecimento dos deveres da vida doméstica prática. A esposa deve ter cultura mental e boas maneiras que a qualifiquem para educar corretamente os filhos que lhe forem dados. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. LA 87 2 Muitas senhoras consideradas bem educadas, diplomadas com distinção em alguma instituição de ensino, são vergonhosamente ignorantes dos deveres práticos da vida. São destituídas das qualificações necessárias para a devida regulamentação da família e por isso mesmo essencial a sua felicidade. Podem falar da elevada posição da mulher e seus direitos, mas elas mesmas ficam longe de alcançar a verdadeira posição da mulher. LA 87 3 É direito de toda filha de Eva ter conhecimento completo dos deveres domésticos, receber educação em cada departamento do trabalho do lar. Toda jovem deve ser educada de tal maneira que, se chamada a ocupar a posição de esposa e mãe, possa governar como uma rainha em seu domínio. Deve ela ser plenamente capaz de guiar e instruir os filhos, dirigir os empregados e, se necessário, ministrar com as próprias mãos às necessidades do lar. É seu direito compreender o mecanismo do corpo humano e os princípios de higiene, os assuntos relacionados com o regime alimentar e o vestuário, trabalho e recreação, e outros pormenores sem conta que intimamente dizem respeito ao bem-estar de sua casa. É seu direito obter tal conhecimento dos melhores métodos de tratar as enfermidades que possa cuidar dos filhos quando enfermos, em vez de deixar seus preciosos tesouros nas mãos de enfermeiras e médicos estranhos. LA 88 1 A idéia de que a ignorância de ocupação útil é uma característica essencial do verdadeiro homem ou mulher é contrária ao desígnio de Deus na criação do homem. A indolência é um pecado, e a ignorância de deveres comuns, o resultado de estultícia que no decurso da vida dará ampla ocasião para amargo arrependimento. -- Fundamentos da Educação Cristã, 75. LA 88 2 As jovens entendem ser coisa servil cozinhar e fazer outros serviços domésticos; e, por isso, muitas jovens que se casam e têm cuidado de família pouca idéia possuem dos deveres que pesam sobre a esposa e mãe. -- A Ciência do Bom Viver, 302. LA 88 3 Devia ser uma lei que os jovens não se casassem enquanto não soubessem como cuidar dos filhos que vierem formar sua família. Deviam saber como cuidar desta casa que Deus lhes deu. A menos que aprendam com respeito às leis que Deus estabeleceu em seu organismo, não podem compreender seus deveres para com Deus ou para consigo mesmos. -- Manuscrito 19, 1887. A educação doméstica no currículo colegial LA 88 4 A educação que rapazes e moças que freqüentam nossos colégios deviam receber na vida doméstica é digna de especial atenção. É de grande importância na obra da edificação do caráter que os estudantes que freqüentam nossos colégios sejam ensinados a assumir a obra que lhes é indicada, submetendo toda inclinação para a indolência. Necessitam familiarizar-se com os deveres da vida diária. Devem ser ensinados a executar os deveres domésticos bem e cabalmente, com o mínimo de barulho e confusão possíveis. Tudo deve ser feito decentemente e com ordem. A cozinha e todas as demais partes do edifício devem ser conservadas atrativas e limpas. Os livros devem ser postos de lado até o seu devido tempo, e nenhum estudo mais que o que se pode atender sem prejuízo dos deveres domésticos devia ser tomado. O estudo de livros não deve absorver a mente ao ponto de negligenciar os deveres de que depende o conforto da família. LA 89 1 No cumprimento desses deveres o descuido, a negligência e hábitos desordenados devem ser vencidos; pois a menos que sejam corrigidos, tais hábitos serão levados a cada aspecto da vida, e esta será lesada em sua utilidade. -- Testimonies for the Church 6:169, 170. Indispensável a noção de obrigações domésticas LA 89 2 Muitos ramos de estudo que consomem o tempo do estudante, não são essenciais à utilidade ou felicidade; entretanto é essencial a todo jovem familiarizar-se completamente com os deveres de cada dia. Sendo necessário, uma jovem pode dispensar os conhecimentos de francês ou álgebra, ou mesmo de piano; mas é indispensável que aprenda a preparar bom pão, confeccionar vestidos graciosamente adaptados, e executar com eficiência os muitos deveres referentes ao lar. LA 89 3 Nada é de maior importância para a saúde e felicidade da família toda do que habilidade e inteligência por parte de quem cozinha. Pelo alimento mal preparado e insalubre, pode-se impedir e mesmo arruinar não somente a utilidade dos adultos como também o desenvolvimento das crianças. Provendo, porém, alimento adaptado às necessidades do corpo, e ao mesmo tempo apetitoso e saboroso, poderá fazer tanto no sentido bom, quanto faria em direção errada, agindo contrariamente. Assim, de muitas maneiras, a felicidade da vida liga-se à fidelidade para com os deveres comuns. -- Educação, 216. Atenção aos princípios de higiene LA 89 4 Os princípios de higiene no que se aplicam ao regime alimentar, exercício, cuidado das crianças, tratamento dos doentes, e muitas outras coisas semelhantes, devem receber muito mais atenção do que ordinariamente se lhes dá. -- Educação, 197. LA 90 1 No estudo da higiene o professor ardoroso aproveitará todas as oportunidades para mostrar a necessidade de perfeito asseio tanto nos hábitos pessoais como no ambiente. ... Ensinai aos alunos que um quarto de dormir saudável, uma cozinha perfeitamente limpa, uma mesa arranjada com gosto e suprida de alimentos saudáveis, farão mais no sentido de conseguir a felicidade da família e a consideração de todo visitante sensato, do que o faria qualquer porção de mobília dispendiosa na sala de visitas. Que "mais é a vida do que o sustento, e o corpo, mais do que as vestes" (Lucas 12:23) -- é uma lição não menos necessitada hoje do que quando foi dada pelo divino Mestre, há mil e novecentos anos. -- Educação, 200. Jovem aconselhada a adquirir hábitos de trabalho LA 90 2 Tendes peculiaridades de caráter que necessitam ser severamente disciplinadas, e decididamente controladas antes que possas com segurança casar-te. Portanto o casamento deve sair de tua cogitação até que tenhas vencido os defeitos de teu caráter, pois não serás uma esposa feliz. Em tua educação tens negligenciado o regular trabalho doméstico. Não tens julgado necessário adquirir hábitos de executar tarefas domésticas. Habituando-se a encontrar prazer em trabalho útil, tal hábito jamais se perderá. Estarás então em condições de seres levada a qualquer situação na vida, e apta para a posição. Aprenderás a amar a diligência. Se encontrares prazer no trabalho útil, teu espírito se ocupará com tua atividade, e não encontrarás tempo para acariciar sonhos fantasiosos. LA 90 3 O conhecimento de trabalho proveitoso propiciará a teu espírito insatisfeito e inquieto, energia mental, eficiência, e uma dignidade modesta e apropriada que imporá respeito. -- Testimonies for the Church 3:336. Valor da educação prática para moças LA 91 1 Muitos que consideram necessário seja seu filho habilitado a ganhar a própria manutenção futura, parecem considerar inteiramente facultativo a sua filha estar ou não preparada para ser independente e manter-se a si mesma. Em geral ela aprende pouco na escola que lhe poderia prover ensinamento prático quanto a ganhar o seu pão de cada dia; e não recebendo qualquer instrução no lar no que respeita aos mistérios da cozinha e da vida doméstica, ela cresce inteiramente inabilitada, constituindo um fardo para os pais. ... LA 91 2 Uma mulher que tenha sido ensinada a cuidar de si mesma está também capacitada a cuidar de outros. Jamais será ela um traste na família ou na sociedade. Quando a sorte mudar, haverá para ela um lugar onde ela possa ganhar a vida honestamente e assistir os que dela dependem. A mulher deve ser instruída em alguns misteres que lhe permitam ganhar a subsistência se necessário. Sobrelevando outras honrosas ocupações, toda jovem devia aprender atividades domésticas, seja cozinhar, arrumar ou costurar. Deve ela conhecer tudo quanto seja mister para uma dona-de-casa, seja sua família rica ou pobre. Então, se sobrevier a adversidade, ela está preparada para qualquer emergência; ela é, de certo modo, senhora das circunstâncias. -- The Health Reformer, Dezembro de 1887. LA 91 3 O conhecimento de atividades domésticas é imprescindível para toda mulher. Há um sem-número de famílias cuja felicidade foi posta a perder pela ineficiência da esposa e mãe. Não é tão importante que nossas filhas aprendam pintura, bordado, música ou mesmo "raiz cúbica", ou figuras de retórica, como é importante que aprendam a cortar, fazer e remendar suas próprias roupas, ou a preparar o alimento de maneira saudável e apetitosa. Quando a menina está com nove ou dez anos, deve-se-lhe exigir que tome suas tarefas regulares nos deveres da casa, na medida de sua capacidade, e que seja responsabilizada pelo modo como desempenha sua tarefa. Sábio era aquele pai que, ao ser-lhe perguntado que pensava fazer com suas filhas, respondeu: "Pretendo torná-las aprendizes de sua excelente mãe, que aprendam a arte de aproveitar o tempo, e que sejam capacitadas para se tornarem esposas e mães, donas-de-casa e membros úteis da sociedade." -- Fundamentos da Educação Cristã, 74. Os esposos em perspectiva devem ser econômicos LA 92 1 Nos tempos primitivos, exigia o costume que o noivo, antes da confirmação do contrato de casamento, pagasse uma soma de dinheiro, ou seu equivalente em outras propriedades, conforme as suas circunstâncias, ao pai da noiva. Isto era considerado como uma salvaguarda à relação matrimonial. Os pais não julgavam de bom aviso confiar a felicidade de suas filhas a homens que não haviam feito as devidas provisões para a manutenção de uma família. Se não possuíam tino econômico suficiente e energia para dirigir negócios e adquirir gado ou terras, receava-se que sua vida se mostrasse inútil. Mas tomava-se providência para provar aqueles que nada tinham para pagar por uma esposa. Permitia-se-lhes trabalhar para o pai, cuja filha amavam, sendo a duração do tempo determinada pelo valor do dote exigido. Quando o pretendente era fiel em seu trabalho, e provava ser digno em outros sentidos, obtinha a filha como esposa; e geralmente o dote que o pai recebera era dado a ela por ocasião do casamento. ... LA 92 2 O antigo costume, se bem que algumas vezes se abusava do mesmo, assim como o fizera Labão, era fator de bons resultados. Quando se exigia do pretendente prestar serviços, a fim de obter a sua noiva, evitava-se um casamento precipitado, e havia oportunidade de provar-se a profundidade de seu afeto, bem como sua habilidade para prover as necessidades de uma família. Em nossos tempos, muitos males resultam de seguir uma conduta oposta. -- Patriarcas e Profetas, 188, 189. LA 93 1 Homem algum é desculpado por não possuir habilidade financeira. De muitos homens pode dizer-se: É bondoso, afável, generoso, bom cristão, mas não tem qualidades para gerir seus próprios negócios. Quanto se refira ao emprego de capital, é uma criança. Não foi ensinado pelos pais a compreender e praticar os princípios do sustento próprio. -- Carta 123, 1900. ------------------------Capítulo 14 -- Verdadeira conversão é requisito A religião assegura a felicidade da família LA 94 1 A religião é na família um maravilhoso poder. A conduta do esposo para com a esposa e desta para com aquele pode ser tal que torne a vida no lar uma preparação para pertencer à família de cima. -- Carta 57, 1902. LA 94 2 Corações cheios do amor de Cristo nunca podem estar em desarmonia. Religião é amor, e o lar cristão é aquele onde o amor reina e encontra expressão em palavras e atos de solícita bondade e gentil cortesia. -- Testimonies for the Church 5:335. LA 94 3 A religião é necessária no lar. Só ela pode prevenir os ofensivos erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina, pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então uma pessoa e outra se amalgamarão, e as duas vidas se fundirão em harmonia. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, e suas santas vigílias santificarão a câmara matrimonial. Será banida a vil sensualidade. Os pensamentos serão dirigidos para Deus, no alto; a Ele ascenderá a devoção do coração. -- Testemunhos Selectos 2:119. LA 94 4 Em toda família em que Cristo habita, serão manifestados terno amor e simpatia de uns pelos outros; não um amor espasmódico expresso apenas em afetuosas carícias, mas um amor profundo e permanente. -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. O cristianismo deve ser uma influência controladora LA 94 5 O cristianismo deve ter influência dominante na relação matrimonial; mas dá-se muitas vezes o caso de que os motivos que determinam esta união não se coadunam com os princípios cristãos. Satanás procura constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, induzindo-os a entrar em aliança com seus súditos; e a fim de realizar isto ele se esforça por despertar paixões impuras no coração. Mas o Senhor em Sua Palavra instruiu claramente ao Seu povo a não se unirem com aqueles dentro de quem não habita o amor para com Ele. -- Patriarcas e Profetas, 563. Conselho a um novo casal LA 95 1 O casamento, uma união para toda a vida, é símbolo da união entre Cristo é Sua igreja. O espírito que Cristo manifesta para com Sua igreja é o mesmo espírito que marido e mulher devem manifestar mutuamente. Se amam a Deus acima de tudo, amar-se-ão mutuamente no Senhor, tratando-se com cortesia, ferindo as mesmas notas. Em sua abnegação sacrifício mútuos serão uma bênção um para o outro. ... LA 95 2 Ambos necessitais converter-vos. Não tendes, nenhum dos dois, uma idéia apropriada do significado da obediência a Deus. Estudai as palavras: "Quem não é comigo é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha." Lucas 11:23. Sinceramente espero que vos torneis ambos verdadeiros filhos de Deus, servos a quem Ele possa confiar responsabilidades. Então a paz, confiança e fé vos advirão. Sim, ambos podeis ser cristãos e felizes. Cultivai agudeza de percepção, para que possais saber como escolher o bem e recusar o mal. Tornai a Palavra de Deus vosso estudo. O Senhor Jesus deseja que sejais salvos. Ele vos tem preservado maravilhosamente, meu irmão, para que vossa vida possa ser de utilidade. Levai em vosso viver todas as boas obras possíveis. LA 95 3 A menos que tenhais fervente desejo de vos tornardes filhos de Deus, não entendereis claramente como ajudar um ao outro. Sede um para com o outro terno e atencioso, abrindo mão de vossos próprios desejos e propósitos para que façais feliz um ao outro. Dia a dia podeis fazer progresso em vos conhecerdes. Dia a dia podeis aprender melhor como fortalecer vossos pontos fracos de caráter. O Senhor Jesus será vossa luz, vossa força, vossa coroa, porque rendeis vossa vontade a Sua vontade. ... LA 96 1 Necessitais a subjugante graça de Deus em vosso coração. Não desejeis uma vida de ócio e inatividade. Todos os que estão relacionados com a obra do Senhor devem estar constantemente em guarda contra o egoísmo. Mantende vossa lâmpada abastecida e ardendo. Então não sereis descuidados em vossas palavras e ações. Sereis ambos felizes se procurardes agradar um ao outro. Mantende as janelas da alma fechadas para a Terra e abertas para o Céu. LA 96 2 Homens e mulheres podem alcançar alta norma, se tão-somente reconhecerem Cristo como seu Salvador pessoal. Vigiai e orai, fazendo a entrega de tudo a Deus. A certeza de que estais lutando pela vida eterna fortalecerá e confortará a ambos. Em pensamento, em palavras e ação, deveis ser luzes no mundo. Disciplinai-vos no Senhor; pois Ele vos tem cometido sagrados encargos, que não podeis desempenhar devidamente sem esta disciplina. Crendo em Jesus, não somente salvareis vossa alma, como também por preceito e exemplo deveis procurar salvar outras almas. Tomai Cristo como vossa norma. Exaltai-O como Aquele que vos pode dar poder para vencer. Destruí completamente a raiz do egoísmo. Magnificai a Deus, pois sois Seus filhos. Glorificai a vosso Redentor, e Ele vos dará um lugar em Seu reino. -- Carta 57, 1902. ------------------------Capítulo 15 -- Promessas solenes O propósito de Deus para marido e mulher LA 99 1 Do homem Deus fez a mulher, para ser-lhe companheira e ajudadora, para ser uma com ele, para alegrá-lo, encorajá-lo e abençoá-lo, sendo-lhe ele por sua vez um forte ajudador. Todos os que se casam com santo propósito -- marido para conquistar as puras afeições do coração da esposa; a esposa para abrandar e aperfeiçoar o caráter do seu esposo e ser-lhe complemento -- preenchem o propósito que Deus tem para eles. LA 99 2 Cristo não veio para destruir esta instituição, mas para restaurá-la em sua original santidade e elevação. Ele veio para restaurar a imagem moral de Deus no homem, e iniciou Sua obra sancionando a relação matrimonial. -- Manuscrito 16, 1899. LA 99 3 Aquele que deu Eva a Adão por companheira, operou Seu primeiro milagre numa festa de casamento. Na sala festiva em que amigos e parentes se alegravam juntos, Cristo começou Seu ministério público. Sancionou assim o casamento, reconhecendo-o como instituição por Ele mesmo estabelecida. Ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. -- A Ciência do Bom Viver, 356. Jesus deseja que os casamentos sejam felizes LA 99 4 O amor divino que procede de Cristo nunca destrói o amor humano, mas o inclui. Por ele é o amor humano refinado e apurado, elevado e enobrecido. O amor humano jamais produz seus preciosos frutos até que esteja unido com a natureza divina e treinado para crescer rumo ao Céu. Jesus deseja ver casamentos e lares felizes. -- The Bible Echo, 4 de Setembro de 1899. LA 100 1 Como todas as outras boas dádivas de Deus confiadas à humanidade, o casamento tem sido pervertido pelo pecado; mas é propósito do evangelho restaurá-lo em sua pureza e beleza. ... LA 100 2 A graça de Cristo, e somente ela, pode tornar esta instituição o que Deus deseja que fosse: um instrumento de bênção e elevação da humanidade. E assim as famílias da Terra, em sua união, paz e amor possam representar a família do Céu. LA 100 3 A condição da sociedade apresenta um triste reflexo do ideal do Céu desta sagrada relação. Entretanto, mesmo para os que encontraram amargura e fundo desapontamento onde haviam esperado encontrar companheirismo e alegria, o evangelho de Cristo oferece um consolo. -- The Review and Herald, 10 de Dezembro de 1908. Uma ocasião de júbilo LA 100 4 As Escrituras afirmam que tanto Jesus como Seus discípulos foram convidados a esta festa (em Caná). Cristo não deu permissão aos cristãos para dizerem, quando convidados para um casamento: "Não devemos estar presentes em tão jubilosa ocasião." Assistindo a esta festa, Cristo ensinou que desejava rejubilássemos com os que se rejubilam na observância dos Seus estatutos. Ele jamais desencorajou inocentes festividades da família humana quando dirigidas de acordo com as leis do Céu. Uma reunião que Cristo honrou com Sua presença merece que Seus seguidores a assistam. Depois de Se apresentar nesta festa, Cristo assistiu a muitas outras, santificando-as por Sua presença e instrução. -- Manuscrito 16, 1899. O que é impróprio num casamento LA 100 5 Cerimônias de casamento são usadas como ocasião de exibicionismo, extravagância e condescendência. Mas se as partes contraentes estão de acordo na crença e prática religiosa, sendo tudo coerente, e a cerimônia é conduzida sem ostentação e extravagância, o casamento neste tempo não necessita ser um desprazer para Deus. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. LA 101 1 Não há razão para fazermos grande pompa ou exibição, ainda que as partes contraentes sejam perfeitamente talhadas uma para a outra. -- Testimonies for the Church 4:515. LA 101 2 Sempre me tem parecido impróprio ver a cerimônia de casamento associada com risos, algazarra e um pretexto para coisas desse tipo. Não. O casamento é uma ordenação de Deus, e deve ser olhado com a maior solenidade. Como a relação de família é formada aqui embaixo, deve dar uma demonstração do que será a família no Céu em cima. A glória de Deus deve ser sempre a primeira preocupação. -- Manuscrito 170, 1905. Um casamento no lar da Sra. White LA 101 3 Cerca de 11 horas de terça-feira nossa grande sala de jantar foi preparada para a cerimônia nupcial. O irmão B oficiou na cerimônia, e esta decorreu satisfatoriamente. Foi solicitado... que a irmã White fizesse oração após a cerimônia. O Senhor me deu especial liberdade. Meu coração estava tocado e subjugado pelo Espírito de Deus. Não houve nesta ocasião gracejos levianos ou expressões tolas. Tudo foi solene e sagrado em relação com este casamento. Foi tudo de caráter elevado e profundamente impressionante. O Senhor santificou este casamento, e os recém-casados agora uniram os seus interesses para trabalhar no campo missionário, a fim de buscar e salvar o que se havia perdido. Deus os abençoará em Sua obra se andarem humildemente com Ele, descansando inteiramente em Suas promessas. -- Manuscrito 23, 1894. A união de duas vidas LA 101 4 Este é um importante momento na história daqueles que estão diante de vós para unir seus interesses, suas simpatias, seu amor, seu trabalho no ministério de salvar almas. Na relação matrimonial é dado um passo muito importante: a união de duas vidas numa só. ... Está em harmonia com a vontade de Deus que o marido e a esposa se unam em Seu trabalho, a fim de promovê-lo em inteireza e santidade. Eles podem fazer isto. LA 102 1 A bênção de Deus no lar onde esta união existe é como a luz do Céu, porque é uma ordenação de Deus que o homem e a mulher se unam em santo laço, sob Jesus Cristo, sob Seu controle e a guia do Seu Espírito. ... LA 102 2 Deus deseja que o lar seja o lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo, descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade nesta união que os anjos de Deus louvam. LA 102 3 O casamento não diminui sua prestatividade, mas fortalece-a. Eles podem fazer da vida de casados um ministério para salvação de almas para Cristo; e eu sei do que falo, pois durante trinta e seis anos meu marido e eu estivemos unidos, e fomos a cada lugar que o Senhor nos mandou ir. Neste assunto sabemos que temos a aprovação de Deus na relação matrimonial. Portanto ela é uma solene ordenação. ... LA 102 4 E agora posso nesta oportunidade tomar pela mão este nosso irmão... e tomamos pela mão a ti, sua esposa, e apelamos para que leveis unidos a obra de Deus. Eu diria: Fazei de Deus vosso conselheiro. Uni-vos, uni-vos ambos. -- Manuscrito 170, 1905. Conselho a um novo casal LA 102 5 Caro irmão e irmã: Vós vos unistes em um concerto vitalício. Começou vossa educação na vida conjugal. O primeiro ano de vida matrimonial é ano de experiência, ano em que, como a criança aprende lições na escola, marido e mulher descobrem mutuamente os diferentes traços de caráter. Nesse primeiro ano de vossa vida conjugal, não permitais que haja capítulos que manchem vossa felicidade futura. ... LA 103 1 Meu irmão, o tempo, a força e a felicidade de tua esposa acham-se agora ligados aos teus. Tua influência sobre ela pode ser um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Sê muito cuidadoso para lhe não estragar a vida. LA 103 2 Minha irmã, vais agora aprender tuas primeiras lições práticas no tocante às responsabilidades da vida conjugal. Exerce cuidado para aprender fielmente essas lições, dia a dia. ... Guarda-te constantemente de ceder ao egoísmo. LA 103 3 Em vossa vida vitalícia, vossas afeições deverão ser tributárias à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a vosso respeito. Mas, ao mesmo tempo que vos deveis unir em um só ser, nenhum de vós deverá perder na do outro, sua própria individualidade. Deus é o dono de vossa individualidade. A Ele deveis perguntar: Que é direito? que é errado? Como poderei eu melhor cumprir o propósito de minha criação? -- Testemunhos Selectos 3:95. Um compromisso diante de testemunhas celestiais LA 103 4 Deus ordenou que haja perfeito amor e harmonia entre os que se casam. Que os noivos, na presença do universo celestial, se comprometam a amar um ao outro como Deus ordenou que façam. ... A esposa deve respeitar e acatar o marido, e este deve amar sua esposa e tratá-la com carinho. -- The Bible Echo, 4 de Setembro de 1899. LA 103 5 Homens e mulheres no início da vida matrimonial, devem-se reconsagrar a Deus. -- Manuscrito 70, 1903. LA 104 1 Sede tão firmes aos votos matrimoniais como o aço, recusando-vos, por pensamentos, palavras e ação, a manchar vosso registro, como um homem que teme a Deus e guarda os Seus mandamentos. -- Carta 231, 1903. ------------------------Capítulo 16 -- Companheirismo feliz A verdadeira união, uma experiência contínua LA 105 1 Alcançar a devida compreensão da relação matrimonial é obra da vida inteira. Os que se casam ingressam numa escola onde nunca, nesta vida, se diplomarão. -- Testemunhos Selectos 3:95. LA 105 2 Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no casamento, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em casamento é obra dos anos subseqüentes. -- A Ciência do Bom Viver, 359, 360. LA 105 3 Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o devido procedimento. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados: mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. -- A Ciência do Bom Viver, 359, 360. Seja o amor provado e experimentado LA 105 4 A afeição poderá ser clara como cristal e formosa em sua pureza e, contudo, ser superficial, por não ter sido provada nem refinada. Fazei de Cristo em tudo o primeiro, o último e o melhor. Contemplai-O constantemente, e, à medida que se for submetendo à prova, vosso amor a Ele se tornará dia a dia mais profundo e mais forte. E ao crescer vosso amor a Ele, também vosso amor mútuo há de crescer, aprofundar-se e fortalecer-se. -- Testemunhos Selectos 3:96. LA 106 1 Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e desânimo, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 360. LA 106 2 Todos devem cultivar a paciência pela prática da paciência. Sendo bondosos e perdoadores, o verdadeiro amor pode ser mantido quente no coração, e se desenvolverão qualidades que o Céu aprovará. -- The Review and Herald, 2 de Fevereiro de 1886. O inimigo procurará provocar separação LA 106 3 Satanás está sempre pronto para tirar vantagem quando surge qualquer ponto controvertido, e pondo em movimento os objetáveis traços hereditários de caráter no marido e na mulher, procurará levar à separação os que uniram seus interesses em solene concerto diante de Deus. No voto matrimonial prometeram ser um, comprometendo-se a esposa a amar e obedecer ao marido, este prometendo amar sua esposa e tratá-la com carinho. Se a lei de Deus é obedecida, o demônio da contenda será conservado fora do lar, e não ocorrerá separação de interesses, nem será permitida alienação das afeições. -- Carta 18a, 1891. Conselho a um casal voluntarioso LA 106 4 Nem o marido nem a mulher deve buscar dominar. O Senhor estabeleceu o princípio que guiará esse assunto. O marido deve amar a mulher como Cristo à igreja. E a mulher deve respeitar e amar o marido. Ambos devem cultivar espírito de bondade, resolvidos a nunca ofender ou prejudicar o outro. ... LA 107 1 Não procureis obrigar o outro a proceder como desejais. Não podereis fazer isso e ao mesmo tempo conservar o amor mútuo. Manifestações de vontade própria destroem a paz e a felicidade do lar. Não permitais que vossa vida conjugal seja de contenda. Se o permitirdes, sereis ambos infelizes. Sede bondosos nas palavras e delicados no trato, renunciando a vossos próprios desejos. Vigiai bem as vossas palavras; pois exercem influência poderosa para o bem ou para o mal. Não permitais aspereza alguma da voz. Trazei para vossa vida conjugal a fragrância da semelhança de Cristo. -- Testemunhos Selectos 3:96, 97. O amor expresso em palavras e obras LA 107 2 Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza e mantêm uma reserva que repele aos outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. ... LA 107 3 Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É um admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres. -- A Ciência do Bom Viver, 360, 361. LA 107 4 A razão por que há em nosso mundo tantos homens e mulheres de coração empedernido é que a verdadeira afeição tem sido considerada como fraqueza, sendo conseqüentemente desencorajada e reprimida. A melhor parte da natureza das pessoas desta classe foi pervertida e amesquinhada na infância; e a menos que os raios da luz divina derretam sua frieza e endurecido egoísmo, sua felicidade estará enterrada para sempre. Se queremos ter coração terno, como o tinha Jesus quando esteve na Terra, e santificada simpatia, como a têm os anjos pelos pecadores mortais, precisamos cultivar as simpatias da infância, que são a simplicidade em si. Então seremos refinados, elevados e dirigidos por princípios celestiais. -- Testimonies for the Church 3:539. LA 108 1 Cuidados e fardos em demasia estão sendo levados para nossas famílias, e muito pouco da natural simplicidade, paz e felicidade é acariciado. Devia haver menos preocupação pelo que o mundo exterior dirá e mais profunda atenção para com os membros do círculo familiar. Deve haver menos ostentação e afetação de polidez mundana, e mais ternura e amor, alegria e cortesia cristã entre os membros da família. Muitos precisam aprender como tornar o lar atrativo, um lugar de prazer. Corações agradecidos e bondoso olhar são mais valiosos que riqueza e luxo; e o contentamento com as coisas simples tornará o lar feliz se nele existir o amor. -- Testimonies for the Church 4:621, 622. Pequenas atenções têm o seu peso LA 108 2 Deus experimenta e prova-nos pelas ocorrências comuns da vida. São as pequenas coisas que revelam os capítulos do coração. São as pequenas atenções, os numerosos incidentes pequeninos e as simples cortesias da vida, que formam a soma da felicidade da existência; e é a negligência das palavras bondosas, animadoras e afetuosas, e das pequenas cortesias da vida que ajudam a formar o todo da infelicidade da existência. Verificar-se-á afinal que a negação do próprio eu pelo bem e felicidade dos que nos rodeiam constitui grande parte do registro da vida no Céu. E revelar-se-á também o fato de que, o cuidado do eu, sem consideração para com o bem e a felicidade de outros, não escapa à observação de nosso Pai celeste. -- Testemunhos Selectos 1:208. Um esposo que não expressava afeição LA 109 1 Um lar que tenha amor, onde o amor é expresso em palavras, olhares e ações, é um lugar onde os anjos gostam de manifestar sua presença e consagrar a cena pelos raios de luz da glória. Ali as humildes obrigações domésticas têm o seu encanto. Nenhum dos deveres da vida, sob tais circunstâncias, será desagradável para a esposa. Ela os desempenhará com alegria de espírito e será como que um raio de sol a todos que a rodeiam, e em seu coração haverá melodias ao Senhor. No momento ela sente que não é dona das afeições de teu coração. Tem-lhe dado ocasião de assim pensar. Tens cumprido tuas tarefas como cabeça da família, mas há uma falta. Há séria falta da preciosa influência do amor que leva a delicadas atenções. O amor deve ser visto no olhar e nas maneiras, e ouvido nos tons da voz. -- Testimonies for the Church 2:417, 418. Uma esposa decepcionante e egoísta LA 109 2 O caráter moral dos que se unem em casamento será degradado ou elevado nessa união; e a obra de deterioração conseqüente de uma natureza baixa, decepcionante, egoísta e incontrolada começa logo após a cerimônia matrimonial. Se o rapaz faz uma escolha sábia, terá a seu lado alguém que levará até o máximo de suas forças a parte que lhe toca dos fardos da vida, alguém que o enobrecerá e refinará, e fá-lo-á feliz em seu amor. Mas se a esposa é de caráter impulsivo, narcisista, exatora, acusadora, culpando o esposo por motivos e sentimentos que se originam exclusivamente em seu temperamento pervertido; se não possui discernimento e senso discriminativo para reconhecer-lhe o amor e apreciá-lo, mas fala de negligência e falta de amor porque ele não lhe satisfaz cada capricho, quase que inevitavelmente ela acarretará o estado de coisas que parece deplorar; faz que todas essas acusações se tornem realidade. -- Carta 10, 1889. Características de uma esposa e mãe sociável LA 110 1 Em vez de se adaptar às exigências da moda, tenham as mulheres a força moral de se vestirem saudável e singelamente. Em lugar de se entregar a uma verdadeira labuta, procure a esposa e mãe encontrar tempo para ler, para se manter bem informada, para ser uma companheira a seu marido, e se conservar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Empregue ela sabiamente as oportunidades que tem agora de influenciar os seus queridos para aquela vida mais elevada. Tome tempo para tornar o querido Salvador um companheiro diário, um amigo familiar. Consagre tempo ao estudo de Sua Palavra, para levar as crianças aos campos, e aprender a conhecer a Deus mediante a beleza de Suas obras. LA 110 2 Mantenha-se ela animosa e alegre. Em vez de passar todos os momentos num costurar sem fim, faça do serão um aprazível período social, uma reunião de família depois dos deveres do dia. Muito homem seria assim levado a preferir o convívio de seu lar, em vez de o clube e o bar. Muito menino seria guardado contra a rua e o bar da esquina. Muita menina seria salva de associações frívolas, que não levam a bom caminho. A influência do lar seria tanto para os pais como para os filhos, aquilo que era o desígnio de Deus que fosse, uma bênção que se estendesse por toda a vida. -- A Ciência do Bom Viver, 294. LA 110 3 A vida de casado não é toda ela um romance; tem suas dificuldades reais e suas minúcias domésticas. A esposa não se deve considerar uma boneca para ser mimada, mas uma mulher; alguém que deve carregar fardos reais, não imaginários, e viver uma vida compenetrada, inteligente, considerando que há outras coisas mais para pensar do que apenas em si. ... A vida real tem suas sombras e suas tristezas. Problemas sobrevêm a toda alma. Satanás está constantemente operando para demolir a fé e destruir a coragem e esperança de cada um. -- Carta 34, 1890. Conselho a um casal infeliz LA 111 1 Vossa vida de casados tem sido muito semelhante a um deserto -- apenas um ou outro ponto verdejante para serem lembrados com prazer. Não há necessidade de ser assim. O amor não pode existir sem revelar-se em atos externos, como o fogo não pode manter-se vivo sem queimar. Tu irmão C, tens suposto estar abaixo de tua dignidade manifestar carinho por atos bondosos e buscar oportunidade de demonstrar afeição a tua esposa mediante palavras ternas e trato afável. És susceptível de mudar em teus sentimentos e de te deixares afetar demasiado pelas circunstâncias. ... Deixa teus negócios, cuidado, perplexidades e contrariedades quando deixares teus afazeres. Vem para teu lar com a fisionomia alegre, com simpatia, bondade e amor. Isso será melhor que gastar dinheiro com remédios ou médicos para tua esposa. Será saúde para o corpo e vigor para a alma. A vida de ambos tem sido muito desastrosa. Ambos têm tido culpa em fazê-la assim. Deus não Se agrada com vossa desgraça; vós a haveis atraído sobre vós pela falta de autocontrole. LA 111 2 Deixas que os sentimentos vacilem. Pensas, irmão C, estar abaixo de tua dignidade manifestar amor, falar bondosa e afetuosamente. Todas essas palavras de bondade, pensas, sugerem frouxidão e fraqueza, e são desnecessárias. Mas em lugar delas vêm palavras impacientes, de discórdia, atritos e censura. ... LA 112 1 Não possuis os elementos de um espírito cordato. Demoras-te em teus dissabores; necessidades e pobreza imaginárias antecipadas te fixam na face; sentes-te angustiado, aflito, torturado; teu cérebro parece em fogo, deprimido teu espírito. Não aprecias o amor de Deus e não manifestas gratidão de coração por todas as bênçãos que teu bondoso Pai celestial te tem concedido. Vês tão-somente os desconfortos da vida. Uma insanidade mundana te envolve como pesadas nuvens de trevas espessas. Satanás exulta sobre ti, porque terás angústia quando a paz e felicidade estão ao teu dispor. -- Testemunhos Selectos 3:99. Amor mútuo e tolerância recompensados LA 112 2 Sem mútuo amor e tolerância mútua nenhum poder terreno pode manter-te a ti e a tua esposa nos laços da unidade cristã. Vosso companheirismo na relação matrimonial deve ser íntimo e terno, santo e elevado, insuflando poder espiritual em vossas vidas, para que possais ser um para o outro tudo que a Palavra de Deus requer. Quando alcançardes a condição que o Senhor deseja alcanceis, encontrareis o Céu cá embaixo e Deus em vossa vida. -- Carta 18a, 1891. LA 112 3 Lembrai, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguireis fazer-vos mutuamente felizes, como prometestes em vosso voto matrimonial. -- Testemunhos Selectos 3:99. LA 112 4 Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, porém mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável. -- A Ciência do Bom Viver, 362. ------------------------Capítulo 17 -- Obrigações mútuas Responsabilidades individuais LA 114 1 As duas pessoas que unem seus interesses para a vida irão ter características distintas e responsabilidades individuais. Cada um terá seu trabalho, mas a mulher não pode ser avaliada pela quantidade de trabalho que pode fazer, como se faz com os animais de carga. A esposa deve ser o encanto do círculo familiar como esposa e companheira para um sábio marido. A cada passo deve ela interrogar-se: "É esta a norma de uma verdadeira mulher?" e: "Como exercerei minha influência cristã no meu lar?" O marido deve fazer que a esposa saiba que ele aprecia seu trabalho. -- Manuscrito 17, 1891. LA 114 2 A esposa deve respeitar o marido. O marido deve amar sua esposa e mostrar desvelo por ela; e unindo-se nos votos matrimoniais como um só ser, sua crença em Cristo deve fazer que sejam um com Ele. Que pode agradar mais a Deus do que ver os que assumem a relação matrimonial buscarem juntos aprender de Jesus a tornarem-se mais e mais imbuídos do Seu Espírito? -- Manuscrito 36, 1899. LA 114 3 Tendes agora deveres por cumprir, que não tínheis antes de vosso casamento. "Revesti-vos, pois, ... de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade." Colossences 3:12. "Andai em amor, como também Cristo vos amou." Efésios 5:2. "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. ... De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela." Efésios 5:22-25. -- Testemunhos Selectos 3:96. Instruções de Deus a Eva LA 115 1 Referiram-se a Eva a tristeza e a dor que deveriam dali em diante ser o seu quinhão. E disse o Senhor: "O teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará." Gênesis 3:16. Na criação Deus a fizera igual a Adão. Se houvessem eles permanecido obedientes a Deus -- em harmonia com Sua grande lei de amor -- sempre estariam em harmonia um com o outro; mas o pecado trouxera a discórdia, e agora poderia manter-se a sua união e conservar-se a harmonia unicamente pela submissão por parte de um ou de outro. Eva fora a primeira a transgredir; e caíra em tentação afastando-se de seu companheiro, contrariamente à instrução divina. Foi à sua solicitação que Adão pecou, e agora foi posta sob a sujeição de seu marido. Se os princípios ordenados na lei de Deus tivessem sido acariciados pela raça decaída, esta sentença, se bem que proveniente dos resultados do pecado, ter-se-ia mostrado ser uma bênção para o gênero humano; mas o abuso da supremacia assim dada ao homem tem tornado a sorte da mulher mui freqüentemente bastante amargurada, fazendo de sua vida um fardo. LA 115 2 Eva tinha sido perfeitamente feliz ao lado do esposo, em seu lar edênico; mas, semelhante às inquietas Evas modernas, lisonjeou-se com a esperança de entrar para uma esfera mais elevada do que aquela que Deus lhe designara. Tentando erguer-se acima de sua posição original, caiu muito abaixo da mesma. Idêntico resultado será alcançado por todas as que estão indispostas a assumir com bom ânimo os deveres da vida, de acordo com o plano de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 58, 59. As esposas se submetem; os esposos amam LA 115 3 Não raro se faz a pergunta: "Não deve a esposa ter vontade própria?" A Bíblia claramente afirma que o marido é a cabeça da família. "Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido." Efésios 5:22. Se esta injunção terminasse aqui, poderiam dizer que a posição da esposa não é nada invejável; é uma posição difícil e árdua em muitos casos, e seria melhor que houvesse menos casamentos. Muitos maridos ficam nas palavras: "Mulheres, sujeitai-vos a vosso marido", mas leiamos a conclusão da mesma injunção: "Como ao Senhor." Efésios 5:22. LA 116 1 Deus pede que a esposa conserve o Seu temor e a Sua glória sempre diante de si. Total submissão só a nosso Senhor Jesus Cristo, que a comprou como propriedade Sua, pelo infinito preço de Sua vida. Deus lhe deu uma consciência, que ela não pode violar impunemente. Sua individualidade não pode ser submersa na do marido, pois ela é propriedade de Cristo. É um erro imaginar que com cega devoção deve ela fazer tudo exatamente como seu marido manda, quando ela sabe que em assim procedendo atrairia danos sobre o seu corpo e espírito, que foram resgatados da escravidão de Satanás. Existe Um que é mais importante aos olhos da esposa que o marido: é seu Redentor, e sua submissão ao marido deve estar na base da indicação de Deus: "Como ao Senhor." Efésios 5:22. LA 116 2 Quando os maridos exigem completa sujeição de suas esposas, declarando que a mulher não tem voz ativa ou vontade na família, mas deve mostrar inteira submissão, estão colocando suas esposas numa posição contrária à Escritura. Interpretando desta forma a Escritura, violam o desígnio do casamento. Esta interpretação é utilizada simplesmente para que possam exercer governo arbitrário, que não é sua prerrogativa. Mas lemos em continuação: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela." Efésios 5:25. Por que devem os maridos se irritar contra suas esposas? Se o esposo lhe descobriu erros e abundância de faltas, irritação de espírito não remedia o mal. -- Carta 18, 1891. Sujeição da esposa depende da sujeição do marido a Cristo LA 117 1 O Senhor Jesus não tem sido corretamente representado em Sua relação para com a igreja por muitos maridos na relação destes para com suas esposas, pois não preenchem o que o Senhor quer ensinar. Declaram eles que a esposa se lhes deve sujeitar em tudo. Mas não foi desígnio de Deus que os maridos dominassem como cabeça do lar, quando eles próprios não se submetem a Cristo. Devem eles estar sob o domínio de Cristo, para que possam representar a relação de Cristo para com Sua igreja. Se o marido é grosseiro, rude, arrebatado, egoísta, ríspido e opressor, não diga jamais que o marido é a cabeça da esposa, e que ela deve em tudo ser-lhe sujeita; pois ele não é o Senhor, não é o marido no verdadeiro significado do termo. ... LA 117 2 Devem os maridos estudar o padrão e procurar que significa, pelo símbolo representado em Efésios, a relação de Cristo para com a igreja. O marido deve ser como um Salvador em sua família. Mantém-se ele em sua nobre varonilidade que Deus lhe deu, sempre procurando exaltar a esposa e os filhos? Cria em torno de si uma atmosfera pura e suave? Se não deseja cultivar tão assiduamente o amor de Jesus, tornando-O um princípio permanente em sua vida, como gostaria de firmar sua pretensão de autoridade? LA 117 3 Que os maridos e pais estudem e procurem compreender as palavras de Cristo, não unilateralmente, fazendo ressaltar apenas a sujeição da esposa ao marido, mas estude à luz da cruz do Calvário o que respeita a sua própria posição no círculo da família. "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra." Efésios 5:25, 26. Jesus Se entregou para morrer na cruz a fim de que pela influência do Espírito Santo nos pudesse purificar do pecado e da poluição. -- Manuscrito 17, 1891. Necessária a tolerância mútua LA 118 1 Precisamos ter o Espírito de Deus ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o Espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá contudo que seja uma escrava, mas uma companheira de seu marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor de sua esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um tipo do Céu. ... Se um erra, o outro exercitará a tolerância cristã em vez de repelir com frieza. -- Carta 18, 1891. LA 118 2 Nem o marido nem a esposa devem pensar em exercer governo arbitrário um sobre o outro. Não intentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sede bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus podeis ter êxito em vos fazerdes mutuamente felizes, como prometestes no voto matrimonial. -- A Ciência do Bom Viver, 361. Cada um deve ceder de boa vontade LA 118 3 No casamento os homens e mulheres algumas vezes se comportam como crianças indisciplinadas e perversas. O marido quer ter razão, a mulher por sua vez quer tê-la, e nenhum dos dois deseja ceder. Tal situação só pode levar a maior infelicidade. Tanto o marido como a mulher devem estar dispostos a abrir mão da opinião. Não há possibilidade de felicidade enquanto ambos persistirem em fazer como lhes apraz. -- Manuscrito 31, 1911. LA 118 4 A menos que homens e mulheres tenham aprendido de Cristo, Sua mansidão e humildade, revelarão o espírito irrazoável e impulsivo muitas vezes manifestado pelas crianças. A vontade forte e indisciplinada procurará dominar. Tais pessoas deviam estudar as palavras de Paulo: "Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino." 1 Coríntios 13:11. -- Carta 55, 1902. Solução de dificuldades de família LA 119 1 É um problema difícil ajustar dificuldades de família, mesmo quando marido e mulher procuram razoável e justa solução para suas várias obrigações, se deixaram de submeter o coração a Deus. Como podem marido e mulher dividir os interesses da vida do lar e ainda manter uma firme e amorável união? Deviam ter o interesse unificado em tudo que diga respeito à estruturação do lar, e a esposa, se cristã, terá seu interesse com o do esposo, como seu companheiro; pois o marido deve permanecer como cabeça do lar. -- Manuscrito 31, 1911. Conselho a famílias em desarmonia LA 119 2 Tens espírito dominador. Quando tomas uma posição, não pesas bem a questão nem consideras qual pode ser o efeito de manter tua opinião de maneira independente, incluindo-a em tuas orações e conversação, quando sabes que tua esposa não tem a mesma opinião. Em vez de respeitar os sentimentos de tua esposa, evitando bondosamente, como faria um homem cortês, os assuntos que sabes serem controvertidos, persistes em te demorares em pontos objetáveis, e tens manifestado persistência em expressar tua opinião sem considerar as pessoas ao teu redor. Tens admitido que outros não têm o direito de ver as coisas diferentemente. Estes frutos não são produzidos pela árvore cristã. -- Testimonies for the Church 2:418. LA 119 3 Meu irmão, minha irmã, abri o coração para receberdes a Jesus. Convidai-O a entrar no templo da alma. Ajudai-vos mutuamente a vencer os obstáculos que existem na vida matrimonial de todos. Tereis um feroz conflito para vencer vosso adversário, o diabo, e se esperais que Deus vos ajude nesta batalha, deveis ambos unir-vos na decisão de vencer, em selar vossos lábios contra o falar qualquer palavra inoportuna, mesmo que tenhais de cair sobre vossos joelhos, e clamar: "Senhor, repreende o adversário de minha alma!" -- Carta 105, 1893. Cristo em cada coração levará à unidade LA 120 1 Se a vontade de Deus é cumprida, marido e mulher respeitarão um ao outro e cultivarão amor e confiança. Tudo que perturbe a paz e união da família deve ser firmemente reprimido, cultivando-se a bondade e o amor. Aquele que manifesta o espírito de compaixão, de longanimidade e amor encontrará o mesmo espírito refletido sobre si. Onde reina o Espírito de Deus, não haverá o falar impropriedades com respeito à relação matrimonial. Se Cristo verdadeiramente estiver formado no interior a esperança da glória, haverá união e amor no lar. Cristo habitando no coração da esposa estará em harmonia com Cristo habitando no coração do marido. Juntos lutarão para alcançar as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. ------------------------Capítulo 18 -- Deveres e privilégios dos cônjuges Jesus não impõe o celibato LA 121 1 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada pelo Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. -- A Solemn Appeal, 139. LA 121 2 Jesus não impõe o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la em sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta é a força dominante. -- Manuscrito 126, 1903. O casamento é legítimo e santo LA 121 3 Não é nenhum pecado em si o comer e beber, ou casar-se e dar-se em casamento. Era correto casar no tempo de Noé, e é correto fazê-lo agora, desde que isto que é correto seja tratado convenientemente e não levado a pecaminoso excesso. Mas nos dias de Noé os homens casavam sem consultar a Deus ou buscar Sua guia e conselho. ... LA 121 4 O fato de que todas as relações da vida são de natureza transitória devia exercer uma influência modificadora sobre tudo que fazemos e dizemos. Nos dias de Noé foi o amor desordenado excessivo daquilo que era em si mesmo legítimo quando usado com propriedade que tornou o casamento pecaminoso aos olhos de Deus. Há muitos que estão perdendo a alma nesta época do mundo por se deixarem absorver por pensamentos de casamento e na relação matrimonial em si. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. LA 121 5 A relação matrimonial é santa, mas neste século degenerado encobre violências de toda espécie. Dela se tem abusado e ela tem-se tornado um crime que agora constitui um dos sinais dos últimos dias, tal como nos dias anteriores ao dilúvio o casamento, tratado como o foi, tornara-se então um crime. ... Quando a natureza sagrada do casamento e seus altos propósitos são compreendidos, será mesmo agora aprovado pelo Céu; e o resultado será felicidade para ambas as partes, e Deus será glorificado. -- Testimonies for the Church 2:252. Os privilégios da associação matrimonial LA 122 1 Os que professam ser cristãos... [devem] ponderar então devidamente o resultado de cada privilégio das relações conjugais, fundamentando cada ação em santificado princípio. -- Testimonies for the Church 2:380. LA 122 2 Em inúmeros casos os pais... têm abusado de seus privilégios matrimoniais, e pela condescendência têm fortalecido suas paixões sensuais. -- Testimonies for the Church 2:391. Evitar excessos LA 122 3 É o levar ao excesso o que é lícito, o que o torna grave pecado. -- Testemunhos Selectos 1:574. LA 122 4 Muitos pais não obtêm o conhecimento que deviam em sua vida conjugal. Não se guardam para que Satanás não se aproveite deles, controlando-lhes a mente e a vida. Não vêem que Deus requer que eles controlem sua vida conjugal, evitando qualquer excesso. Bem poucos, porém, sentem ser um dever religioso reger as próprias paixões. Uniram-se em matrimônio ao objeto de sua escolha, e daí raciocinam que o casamento santifica a condescendência com as paixões inferiores. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões de concupiscência, e nem pensam que Deus os considera responsáveis pelo dispêndio da energia vital que lhes enfraquece o suporte da vida e lhes debilita todo o organismo. -- Testemunhos Selectos 1:267. Abnegação e temperança LA 123 1 Oh! se eu pudesse fazer todos compreenderem sua obrigação para com Deus quanto a conservar a estrutura mental e física nas melhores condições a fim de prestarem serviço perfeito a seu Criador! Refreie-se a esposa cristã, tanto por palavras como por atos, de despertar as paixões sensuais do marido. Muitos não têm absolutamente forças para desperdiçarem nessa direção. Desde sua juventude têm enfraquecido o cérebro e debilitado sua constituição em virtude da satisfação dos apetites sensuais. Abnegação e temperança, eis o que devia constituir sua divisa na vida conjugal. -- Testemunhos Selectos 1:272. LA 123 2 Estamos sob solenes obrigações a Deus de conservar puro o espírito e sadio o corpo, para que possamos ser um benefício para a humanidade e render a Deus perfeito serviço. O apóstolo pronuncia estas palavras de advertência: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências." Romanos 6:12. Ele nos anima a avançar dizendo que "todo aquele que luta de tudo se abstém". 1 Coríntios 9:25. Exorta todos que se dizem cristãos a apresentarem o seu corpo como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. Diz ainda: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:27. -- Testimonies for the Church 4:381. LA 123 3 Não é um amor puro o que leva um homem a tornar sua esposa instrumento para servir a sua sensualidade. É a paixão sensual que clama por satisfação. Quão poucos os homens que manifestam seu amor na maneira indicada pelo apóstolo: "Como também Cristo amou a igreja e a Si mesmo Se entregou por ela, para [não poluí-la, mas] a santificar, purificando-a" ... para a apresentar... santa e irrepreensível." Efésios 5:25-27. Tal é, nas relações conjugais, o amor que Deus reconhece como santo. O amor é um princípio puro e santo; a paixão sensual, porém, não admitirá restrição, e não será ditada pela razão ou por ela controlada. É cega às conseqüências; não raciocina de causa para efeito. -- Testemunhos Selectos 1:268. Por que busca Satanás debilitar o autocontrole LA 124 1 Satanás procura rebaixar a norma de pureza e enfraquecer o autocontrole dos que se casam, porque sabe que enquanto as paixões subalternas estão em ascendência, as faculdades morais se tornam seguramente mais fracas, e ele não precisa preocupar-se com o seu crescimento espiritual. Ele sabe também que de nenhuma outra maneira pode estampar melhor a sua própria imagem odiosa na descendência deles, e que assim pode moldar mais facilmente o caráter dos filhos do que o caráter dos pais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 130. Resultados do excesso LA 124 2 Homens e mulheres, um dia aprendereis o que seja a concupiscência e os resultados de satisfazê-la. Pode-se encontrar no casamento paixão de tão baixa qualidade, como fora dele. -- Testemunhos Selectos 1:268. LA 124 3 Qual o resultado de dar livre curso às paixões inferiores? ... O leito conjugal, onde anjos de Deus devem estar presentes, é profanado por práticas perversas. E porque domina deprimente animalismo, os corpos são corrompidos; práticas abomináveis levam a enfermidades abomináveis. O que Deus deu como uma bênção tem-se feito uma maldição. -- Manuscrito 1, 1888. LA 124 4 O excesso sexual destruirá com efeito o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a debilitar a vitalidade. Mulher alguma deve ajudar o marido nesta obra de autodestruição. Ela não o fará caso esteja esclarecida, e tenha por ele verdadeiro amor. LA 124 5 Quanto mais condescendência houver com as paixões sensuais, tanto mais fortes se tornarão elas, e mais violentos serão seus reclamos quanto à satisfação. Que os homens e mulheres tementes a Deus despertem para o seu dever. Muitos professos cristãos sofrem de paralisia de nervos e cérebro, devido a sua intemperança neste sentido. -- Testemunhos Selectos 1:272. Os maridos devem mostrar consideração LA 125 1 Os maridos devem ser cuidadosos, atenciosos, constantes, fiéis e compassivos. Devem manifestar amor e simpatia. Se cumprirem as palavras de Cristo, seu amor não será de baixa natureza, terreno; de caráter sensual que leve à destruição do próprio corpo, e debilidade e enfermidade à esposa. Não serão condescendentes para com a satisfação de baixas paixões, fazendo ouvir a esposa que ela deve ser sujeita ao marido em tudo. Quando o esposo tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que cada cristão deve possuir, isto se revelará na associação matrimonial. Se ele tem a mente de Cristo, não será um destruidor do corpo, mas estará cheio de terno amor, procurando alcançar a mais elevada norma em Cristo. -- Manuscrito 17, 1891. Quando se instala a desconfiança LA 125 2 Homem algum amará verdadeiramente a sua esposa quando ela se submete pacientemente a tornar-se sua escrava, e servir a suas depravadas paixões. Em sua passiva submissão, ela perde o valor que outrora possuía aos olhos dele. Ele a vê degradada de tudo quanto era elevado, para um baixo nível; e não demora a que suspeite que ela se submeta com a mesma passividade a ser degradada por outro assim como por ele. Duvida-lhe da constância e pureza, cansa-se dela, e busca novos objetos para despertar e intensificar suas paixões infernais. A lei de Deus não é considerada. Tais homens são piores que os animais; são demônios em forma humana. Não conhecem os elevados, enobrecedores princípios do amor verdadeiro e santificado. LA 126 1 Também a esposa fica ciumenta do marido, e suspeita que, em havendo oportunidade, ele com a mesma prontidão dirigiria a outra, da mesma maneira que a ela, suas atenções amorosas. Vê que ele não é regido pela consciência ou o temor de Deus; todas essas santas barreiras são derribadas pelas paixões concupiscentes; tudo quanto é no marido semelhante a Deus, torna-se servo da concupiscência embrutecedora e vil. -- Testemunhos Selectos 1:269, 270. Solicitações irrazoáveis LA 126 2 A questão a ser assentada agora, é: Há de a esposa sentir-se obrigada a ceder implicitamente às exigências do marido, quando ela vê que coisa alguma senão a paixão vil o domina, e quando sua razão e discernimento se acham convencidos de que ela o faz com dano do próprio corpo que Deus lhe ordenou possuir em santificação e honra, conservar como um sacrifício vivo para Deus? LA 126 3 Não é amor puro e santo o que leva a esposa a satisfazer às propensões sensuais do esposo, com prejuízo da saúde e da vida. Caso ela tenha verdadeiro amor e sabedoria, procurará desviar-lhe a mente da satisfação das paixões impuras para assuntos elevados e espirituais, falando sobre assuntos espirituais interessantes. Talvez seja necessário insistir humilde e afetuosamente, mesmo com risco de o desagradar, em que ela não pode desonrar seu corpo, cedendo a excessos sexuais. Deve, bondosa e ternamente, lembrar-lhe que Deus tem direitos mais altos, acima de todos os outros direitos, sobre todo o seu ser, e que ela não pode desrespeitar esses direitos, pois será por isto responsável no grande dia de Deus. ... LA 126 4 Caso ela eleve suas afeições, e em santificação e honra conserve sua pura dignidade de mulher, poderá por sua sensata influência, fazer muito para santificar o marido, cumprindo assim sua alta missão. Por esta maneira de agir, ela pode salvar tanto o marido, como a si mesma, realizando uma dupla obra. Nesta questão, tão delicada e tão difícil de manejar, são necessárias muita sabedoria e paciência, bem como ânimo e fortaleza morais. Graça e resistência podem ser obtidas na oração. O amor sincero deve ser o princípio dominante do coração. Amor a Deus e ao esposo pode unicamente ser a justa norma de procedimento. ... LA 127 1 Quando a mulher sujeita o corpo e o espírito ao domínio do marido, sendo passiva diante da vontade dele em tudo, sacrificando sua consciência, dignidade e mesmo personalidade, perde a oportunidade de exercer aquela poderosa influência que deveria possuir para o bem, a fim de elevar o marido. Ela podia abrandar-lhe a natureza áspera, e sua santificadora influência poderia ser usada de modo a purificar e polir, levando-o a esforçar-se zelosamente por governar as próprias paixões, e ser mais espiritual, para que sejam juntamente participantes da divina natureza, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Grande pode ser o poder da influência no conduzir a mente a assuntos elevados e nobres, acima das baixas condescendências sensuais naturalmente buscadas pelo coração não renovado pela graça. Caso a esposa ache que, a fim de agradar ao marido, deve descer à norma por ele mantida, quando a paixão sensual é a principal base de seu amor e lhe rege as ações, ela desagrada a Deus; pois deixa de exercer uma santificadora influência sobre o marido. Se ela acha dever submeter-se a suas paixões sensuais sem uma palavra de admoestação, não compreende seu dever para com ele e para com o seu Deus. -- Testemunhos Selectos 1:270, 271. Nosso corpo foi comprado LA 127 2 As mais baixas paixões têm sua sede no corpo e por seu intermédio operam. As palavras "carne" ou "carnal" ou ainda "concupiscência da carne" envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça. -- Manuscrito 1, 1888. ------------------------Capítulo 19 -- Onde estabelecer o lar Princípios orientadores na escolha de local LA 131 1 Ao escolhermos uma residência, Deus quer que consideremos antes de tudo as influências morais e religiosas que nos rodearão, a nós e a nossas famílias. -- Patriarcas e Profetas, 169. LA 131 2 Devemos escolher a convivência mais favorável ao nosso progresso espiritual, aproveitando-nos de todo auxílio ao nosso alcance; pois Satanás porá muitos obstáculos, a fim de tornar nossa marcha em direção ao Céu o mais espinhosa possível. Talvez sejamos colocados em posições difíceis, pois muitos não podem ter um ambiente tal como desejariam; não deveríamos, porém, nos expor voluntariamente a influências desfavoráveis ao desenvolvimento do caráter cristão. Quando o dever nos chama a assim fazer, cumpre-nos ser redobradamente vigilantes e dados à oração, de maneira que, mediante a graça de Cristo, possamos permanecer acima da corrupção. -- Mensagens aos Jovens, 419. LA 131 3 O evangelho... ensina-nos a estimar as coisas em seu justo valor, e a dedicar o melhor de nosso esforço às de maior valia -- as que hão de permanecer. Precisam desta lição aqueles sobre quem repousa a responsabilidade de escolher o lar. Não devem deixar-se afastar do alvo mais elevado. ... LA 131 4 Ao procurar-se a localização para um lar, permita-se que este propósito dirija a escolha. Não sejais dominados pelo desejo da riqueza, pelos ditames da moda ou os costumes da sociedade. Considerai o que melhor contribuirá para a simplicidade, pureza, saúde e valor real. ... LA 131 5 Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaça das cidades, e aspirai o ar celeste e revigorador. -- A Ciência do Bom Viver, 363, 366, 367. O primeiro lar LA 132 1 O lar de nossos primeiros pais deveria ser um modelo para outros lares, ao saírem seus filhos para ocuparem a Terra. Aquele lar, embelezado pela mão do próprio Deus, não era um suntuoso palácio. Os homens, em seu orgulho, deleitam-se com edifícios magnificentes e custosos, e gloriam-se com as obras de suas mãos; mas Deus colocou Adão em um jardim. Esta era a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas flores e tapete de relva viva, era o seu pavimento; e os ramos folhudos das formosas árvores eram o seu teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos -- obra do grande e magistral Artífice. No ambiente em que vivia o santo par havia uma lição para todos os tempos, a lição de que a verdadeira felicidade é encontrada, não na satisfação do orgulho e luxo, mas na comunhão com Deus mediante Suas obras criadas. Se os homens dessem menos atenção às coisas artificiais, e cultivassem maior simplicidade, estariam em muito melhores condições de corresponderem com o propósito de Deus em Sua criação. O orgulho e a ambição nunca se satisfazem; aqueles, porém, que são verdadeiramente sábios encontrarão um prazer real e enobrecedor nas fontes de alegria que Deus colocou ao alcance de todos. -- Patriarcas e Profetas, 49, 50. O lar que Deus escolheu para seu filho LA 132 2 Jesus veio a este mundo a fim de realizar a maior obra jamais efetuada entre os homens. Veio como embaixador de Deus, para nos mostrar a maneira de viver de modo a conseguir na vida os melhores resultados. Quais foram as condições escolhidas pelo Pai infinito para Seu Filho? Uma habitação isolada nas colinas da Galiléia; um lar mantido pelo trabalho honesto e respeitável; vida de simplicidade; luta diária com as dificuldades e provações; abnegação, economia e serviço paciente, feito com contentamento; a hora de estudo junto de Sua mãe, com o rolo aberto das Escrituras; a serenidade da alvorada ou do crepúsculo no verdor do vale; o sagrado ministério da natureza; o estudo da criação e da providência; a comunhão da alma com Deus: tais foram as condições e oportunidades dos primeiros anos da vida de Jesus. -- A Ciência do Bom Viver, 365, 366. Lares rurais na terra prometida LA 133 1 Na terra prometida, a disciplina começada no deserto continuou sob circunstâncias favoráveis à formação de bons hábitos. O povo não se aglomerava nas cidades, porém cada família possuía sua própria terra, garantindo a todos as saudáveis bênçãos da vida natural, não pervertida. -- A Ciência do Bom Viver, 280. Influência do lar no caráter de João LA 133 2 João Batista, o precursor de Cristo, recebeu dos pais sua primeira educação. A maior parte de sua vida ele a passou no deserto. ... Foi escolha de João preferir aos prazeres e luxo da vida da cidade a severa disciplina do deserto. Aqui o ambiente era favorável aos hábitos de simplicidade e abnegação. Não perturbado pelo clamor do mundo, podia estudar as lições da natureza, da revelação e da providência. ... Desde a meninice, sua missão estava diante de si, e ele aceitou o santo encargo. Para ele a solidão do deserto era uma grata oportunidade de escapar da sociedade em que a suspeita, a incredulidade e a impureza tinham praticamente dominado tudo. Ele desconfiava do seu poder de resistir à tentação e fugia ao constante contato do pecado, não viesse ele a perder o senso de sua excessiva malignidade. -- Testimonies for the Church 8:221. Outros grandes homens criados em lares rurais LA 134 1 O mesmo acontece com a maioria dos melhores e mais nobres homens de todos os séculos. Lede a história de Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi e Eliseu. Estudai a vida dos homens de épocas posteriores, que mais honrosamente ocuparam posições de confiança e responsabilidade. LA 134 2 Quantos deles não foram criados num lar campestre! Pouco conheciam de luxo. Não gastaram o tempo da juventude em diversões. Muitos deles foram obrigados a lutar com a pobreza e privações. Aprenderam primeiramente a trabalhar, e sua vida ativa ao ar livre, deu-lhes elasticidade e vigor a todas as faculdades. Forçados a contar unicamente com os próprios recursos, aprenderam a combater as dificuldades, a vencer os obstáculos, e adquiriram ânimo e perseverança. Abrigados, por assim dizer, das más companhias, satisfaziam-se com os prazeres naturais, com uma camaradagem sã. Eram simples nos gostos e de hábitos moderados. Regiam-se por princípios, e cresciam puros, robustos e leais. Ao terem que dedicar-se a um meio de vida, levavam para esse trabalho vigor físico e mental, boa disposição de espírito, capacidade de conhecer e executar planos, e firmeza para resistir ao mal, o que os tornava no mundo uma força positiva para o bem. -- A Ciência do Bom Viver, 366. ------------------------Capítulo 20 -- A família e a cidade Perigos da vida urbana LA 135 1 A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da agitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Estas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível. Uma das mais sutis e perigosas tentações que assaltam as crianças e jovens nas cidades, é o amor dos prazeres. Numerosos são os dias feriados; jogos e corridas de cavalos arrastam milhares, e a onda de satisfação e prazer atrai-os para longe dos sóbrios deveres da vida. O dinheiro que deveria haver sido economizado para melhores fins, é desperdiçado em divertimentos. -- A Ciência do Bom Viver, 364. Localização saudável LA 135 2 O ambiente material das cidades constitui muitas vezes um perigo para a saúde. O estar constantemente sujeito ao contato com doenças, a prevalência de ar viciado, água e alimento impuros, as habitações apinhadas, obscuras e insalubres, são alguns dos males a enfrentar. LA 135 3 Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades; se apinhasse em cortiços. Ele pôs, no princípio, nossos primeiros pais entre os belos quadros e sons em que deseja que nos regozijemos ainda hoje. Quanto mais chegarmos a estar em harmonia com o plano original de Deus, mais favorável será nossa posição para o restabelecimento e preservação da saúde. -- A Ciência do Bom Viver, 365. Ninhos de iniqüidade LA 136 1 As cidades estão cheias de tentação. Devemos planejar nosso trabalho de tal maneira que conservemos nossos jovens o mais longe possível dessa contaminação. -- Vida no Campo, 30. LA 136 2 As crianças e os jovens devem ser cuidadosamente guardados. Devem ser conservados afastados dos focos de iniqüidade que se encontram em nossas cidades. -- Vida no Campo, 12. Tumulto e confusão LA 136 3 Não é vontade de Deus que Seu povo fixe residência nas cidades, onde há constante agitação e confusão. Seus filhos devem ser poupados a isto, pois todo o organismo é prejudicado pelo corre-corre, precipitação e ruído. -- Vida no Campo, 30. Conflitos de trabalho LA 136 4 Em razão de monopólios, sindicatos e greves, as condições da vida nas cidades estão-se tornando cada vez mais difíceis. Sérias aflições encontram-se perante nós; e sair das cidades se tornará uma necessidade para muitas famílias. -- A Ciência do Bom Viver, 364. Destruição iminente LA 136 5 Está próximo o tempo em que grandes cidades serão destruídas, e todos devem ser advertidos destes juízos vindouros. -- Evangelismo, 29. LA 136 6 Oh, que o povo de Deus tenha o senso da destruição iminente de milhares de cidades agora quase entregues à idolatria! -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. Pelo amor ao interesse mundano e ao ganho LA 136 7 Acontece não raro que os pais não têm cuidado de cercar seus filhos de influências benéficas. Ao escolherem o lar, pensam mais em seus interesses mundanos do que na atmosfera social e moral, e os filhos formam associações desfavoráveis ao desenvolvimento da piedade e da formação de um caráter reto. ... LA 137 1 Pais que condenais os cananeus por oferecerem seus filhos a Moloque, que estais fazendo? Estais apresentando oferta ainda mais cara a vosso deus Mamom; e quando vossos filhos crescem inamistosos e desamoráveis no caráter, quando revelam decidida impiedade e tendência para a infidelidade, culpais a fé que professais porque foi incapaz de salvá-los. Estais colhendo o que haveis semeado -- os resultados de vosso egoísta amor ao mundo e negligência dos condutos de graça. Levastes vossa família para lugares de tentação; e a arca de Deus, vossa glória e defesa, não considerastes essencial; e o Senhor não operou um milagre para livrar vossos filhos da tentação. -- Testimonies for the Church 5:320. As cidades não oferecem real benefício LA 137 2 Não há uma família em cem que se tenha beneficiado física, mental ou espiritualmente por residir na cidade. Fé, amor, esperança, felicidade podem ser muito melhor alcançados em lugares afastados, onde haja campos, montanhas e árvores. Tirai vossos filhos do cenário e sons da cidade, para longe do ruído de veículos, e sua mente se tornará mais saudável. Será mais fácil levar-lhes ao coração a verdade da Palavra de Deus. -- Manuscrito 76, 1905. Conselho sobre a mudança de zonas rurais LA 137 3 Muitos pais mudam de seu lar rural para a cidade, considerando esta como mais desejável e proveitosa localização. Mas nesta mudança expõem os filhos a muitas e grandes tentações. Os rapazes não têm ocupação, e obtêm uma educação de rua, indo de um a outro ponto de depravação, até que perdem todo o interesse em tudo que é bom, puro e santo. Quão melhor seria se os pais tivessem permanecido com suas famílias no campo, onde as influências são mais favoráveis para fortalecimento físico e mental. Sejam os jovens ensinados a trabalhar o solo, e então durmam o sono doce do cansaço e inocência. LA 138 1 Graças à negligência dos pais, os jovens em nossas cidades estão corrompendo seus caminhos e poluindo a alma aos olhos de Deus. Este será sempre o fruto da indolência. Os abrigos, as prisões e penitenciárias publicam a triste história da negligência dos pais em seus deveres. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. LA 138 2 É melhor sacrificar alguns ou todos os interesses mundanos do que pôr em perigo as preciosas almas entregues ao vosso cuidado. Elas serão assaltadas por tentações e devem ser ensinadas a enfrentá-las; mas é vosso dever eliminar cada influência, quebrar cada hábito, partir cada amarra que vos impeçam a mais livre, franca e sincera entrega de vós mesmos e de vossa família a Deus. LA 138 3 Em vez de cidades apinhadas, procurai algum lugar retirado onde vossos filhos sejam, tanto quanto possível, abrigados da tentação, e aí educai-os para que sejam úteis. O profeta Ezequiel assim enumera as causas que levaram ao pecado e destruição de Sodoma: "Soberba, fartura de pão e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado." Ezequiel 16:49. Todo que quiser escapar à maldição de Sodoma deve fugir à maldição que levou os juízos de Deus sobre a ímpia cidade. -- Testimonies for the Church 5:232, 233. LA 138 4 Quando Ló entrou em Sodoma, inteiramente se propunha ele conservar-se livre da iniquidade, e ordenar a sua casa depois dele. Mas, de uma maneira bem patente, fracassou. As influências corruptoras em redor dele tiveram efeito sobre a sua fé, e a relação de seus filhos para com os habitantes de Sodoma ligaram até certo ponto seus interesses com os deles. O resultado está diante de nós. Muitos ainda estão cometendo um erro semelhante. -- Patriarcas e Profetas, 168. LA 138 5 Seja vossa preocupação selecionar o lugar para vossos lares e estabelecê-los tão longe de Sodoma e Gomorra quanto possível. LA 139 1 Evitai as grandes cidades. Se possível estabelecei vosso lar no quieto retiro do campo, mesmo que em assim procedendo jamais venhais a ficar ricos. Localizai-vos onde haja a melhor influência. -- Manuscrito 57, 1897. LA 139 2 Sou instruída pelo Senhor a advertir nosso povo de que não demande para as cidades em busca de lar para suas famílias. Aos pais e às mães sou instruída a dizer: Não deixeis de conservar vossos filhos dentro de vosso recinto. -- Vida no Campo, 12, 13. Tempo de abandonar as cidades LA 139 3 Minha mensagem é: Tirai vossas famílias das cidades. -- Vida no Campo, 30. LA 139 4 É chegado o tempo em que, conforme Deus abra o caminho, devem as famílias mudar-se para fora das cidades. Os filhos devem ser levados para o campo. Devem os pais procurar um lugar apropriado quanto seus recursos o permitam. Embora a casa possa ser pequena, haja contudo terra suficiente para que possa ser cultivada. -- Vida no Campo, 24. LA 139 5 Antes que severo castigo venha sobre os habitantes da Terra, o Senhor convida a todos os que são verdadeiros israelitas a prepararem-se para o acontecimento. Aos pais Ele envia a alarmante advertência: Reuni vossos filhos em vossas próprias casas; afastai-os dos que estão desrespeitando os mandamentos de Deus, que estão ensinando e praticando o mal. Saí das grandes cidades tão depressa quanto possível. -- Testimonies for the Church 6:195. Deus ajudará seu povo LA 139 6 Os pais podem adquirir pequenas propriedades no campo, com terra para cultivo, onde possam ter pomares e onde possam cultivar vegetais e pequenos frutos que tomem o lugar da carne tão maléfica à vital corrente sangüínea que flui através das veias. Nesses lugares os filhos não estarão cercados das corruptoras influências da vida de cidade. Deus ajudará Seu povo a encontrar esses lares fora das cidades. -- Medicina e Salvação, 310. ------------------------Capítulo 21 -- Vantagens do campo Um pedaço de terra e um lar confortável LA 141 1 Sempre que possível, é dever dos pais estabelecer lares no campo para os filhos. -- Vida no Campo, 12. LA 141 2 Pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável são reis e rainhas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 327. LA 141 3 Não considereis privação quando fordes chamados a deixar as cidades e mudar para o campo. Há ali ricas bênçãos a espera de que delas se apropriem. -- Vida no Campo, 14. Segurança econômica LA 141 4 Repetidas vezes o Senhor tem instruído que nosso povo deve tirar suas famílias das cidades, levando-as para o campo, onde podem produzir suas próprias provisões; pois no futuro o problema de comprar e vender será muito sério. Devemos começar agora a acatar a instrução dada inúmeras vezes: Saí das cidades para as zonas rurais, onde as casas não são aglomeradas, e onde estareis livres da interferência dos inimigos. -- Vida no Campo, 9, 10. Conselho a um morador de cidade LA 141 5 Far-vos-ia bem pôr de lado vossas perplexidades e cuidados, e procurar um retiro no campo, onde não há fortes influências para corromper a moral de um jovem. Não ficareis inteiramente livres, é certo, das contrariedades e cuidados no campo; mas evitareis muitos males e fechareis a porta ao dilúvio de tentações que ameaçam dominar o espírito de vossos filhos. Eles necessitam ocupação e variedade. A monotonia do lar deixa-os nervosos e inquietos, e eles têm caído no hábito de se misturarem com os garotos viciados da cidade, adquirindo assim uma educação de rua. ... LA 142 1 Viver no campo lhes será benéfico; vida ativa ao ar livre desenvolve a saúde tanto da mente como do corpo. Devem ter um jardim para cultivar, onde possam encontrar ocupação agradável e útil. O estudo de plantas e flores tende a melhorar o gosto e o discernimento, enquanto que a familiaridade com a bela e útil criação de Deus tem uma influência enobrecedora e refinadora sobre a mente, levando-a ao Criador e Senhor de todos. -- Testimonies for the Church 4:136. Bênçãos asseguradas aos moradores do campo LA 142 2 Nas profundezas da Terra há bênçãos ocultas para os que têm coragem, disposição e perseverança para ajuntar seus tesouros. ... Muitos agricultores têm falhado em arrancar do solo adequado lucro porque empreendem o trabalho como se ele fosse ocupação degradante; não vêem que há nele uma bênção para si e suas famílias. -- Fundamentos da Educação Cristã, 326, 327. Trabalho que ativa a mente, refina o caráter LA 142 3 No cultivo do solo o obreiro ponderado descobrirá que se apresentam diante dele tesouros de que pouco suspeitava. Ninguém poderá ser bem-sucedido na agricultura ou na jardinagem, sem a devida atenção às leis envolvidas nestes misteres. Devem ser estudadas as necessidades especiais de cada variedade de planta. Variedades diferentes requerem solo e cultura diferentes; e conformidade com as leis que regem a cada uma dessas variedades é a condição para o êxito. A atenção exigida na transplantação, para que nem mesmo uma radícula fique estorvada ou mal colocada; o cuidado das plantinhas, a poda e a rega, o abrigo da geada à noite, e do sol ao dia; a remoção das plantas daninhas, das doenças, e pragas de insetos; a disposição geral -- todo esse trabalho não somente ensina lições importantes relativas ao desenvolvimento do caráter, mas é em si mesmo um meio para aquele desenvolvimento. O cultivo da cautela, paciência, atenção aos detalhes, obediência às leis, transmite um ensino muitíssimo essencial. O contato constante com o mistério da vida e o encanto da natureza, bem como a ternura suscitada com o servir a estas belas coisas da criação de Deus, propendem a despertar o espírito, purificar e elevar o caráter. -- Educação, 111, 112. Deus instruirá e ensinará LA 143 1 Aquele que ensinou Adão e Eva no Éden a cuidar do jardim gostaria de instruir os homens hoje. Há sabedoria para aquele que maneja o arado e planta e semeia a semente. A terra tem seus tesouros escondidos, e o Senhor gostaria de ter trabalhando o solo milhares e dezenas de milhares que estão aglomerados nas cidades a espera de uma oportunidade para ganhar uma bagatela. ... Os que tomam suas famílias e as levam para o campo colocam-nas onde terão menos tentações. Os filhos que se acham na companhia de pais que amam e temem a Deus estão em todo sentido melhor situados para aprender do grande Mestre, o qual é a origem e fonte de sabedoria. Têm eles oportunidade muito mais favorável de se tornarem aptos para o reino do Céu. -- Fundamentos da Educação Cristã, 326. Plano de Deus para a terra de Israel LA 143 2 Por desobediência a Deus, Adão e Eva perderam o Éden, e por causa do pecado toda a Terra foi amaldiçoada. Mas se o povo de Deus seguisse as instruções, sua terra seria restaurada à fertilidade e beleza. Deus mesmo lhes dera ensinos quanto à cultura do solo, e deveriam cooperar em sua restauração. Assim toda a Terra, sob a direção de Deus, se tornaria uma lição objetiva da verdade espiritual. Como em obediência à Sua lei moral o coração do povo deveria refletir os atributos de Seu caráter. -- Parábolas de Jesus, 289. Lições espirituais no viver diário LA 144 1 Deus nos tem rodeado do bonito panorama da natureza para atrair e interessar o espírito. É Seu intento que liguemos as glórias da natureza com Seu caráter. Se fielmente estudarmos o livro da natureza, verificaremos ser ela frutífero campo à contemplação do amor e poder infinitos de Deus. -- Mensagens aos Jovens, 365. LA 144 2 Cristo não ligou Seus ensinos somente com o dia de repouso, mas com a semana de trabalho. ... No arar e no semear, no lavrar e no colher, ensina-nos a ver uma ilustração de Sua obra de graça no coração. Deseja que em cada ramo de trabalho útil e em cada associação da vida achemos uma lição da verdade divina. Então nossa atividade cotidiana não mais nos absorverá a atenção para nos levar a esquecer de Deus; continuamente nos lembrará o Criador e Redentor. O pensamento em Deus, qual fio de ouro, passará entretecido em todos os nossos cuidados e ocupações domésticas. Para nós, a glória do Seu semblante repousará novamente na face da natureza. Estaremos aprendendo novas lições de verdades celestiais e crescendo à semelhança de Sua pureza. -- Parábolas de Jesus, 26, 27. Leis idênticas governam a natureza e a humanidade LA 144 3 O grande Mestre punha Seus ouvintes em contato com a natureza, a fim de ouvirem a voz que fala em todas as coisas criadas; e quando o coração deles se sensibilizava e o espírito se achava numa disposição de receptividade, Ele os ajudava a interpretar os ensinos espirituais das cenas sobre que pousava seu olhar. ... Em Seus ensinos havia algo para interessar a todo espírito, para apelar a todo coração. Assim, a lida diária, em vez de ser mera rotina de labutas, despojada de pensamentos elevados, iluminava-se e erguia-se pelas constantes lembranças de coisas espirituais e invisíveis. LA 145 1 Dessa maneira devemos ensinar. Que aprendam as crianças a ver em a natureza uma expressão do amor e da sabedoria de Deus; que o pensamento a respeito dEle se entrelace com pássaros, flores e árvores; que todas as coisas visíveis se tornem para elas os intérpretes do invisível, e todos os acontecimentos da vida sejam os meios para o ensino divino. LA 145 2 Aprendendo elas assim as lições que há em todas as coisas criadas, e em todas as experiências da vida, mostrai que as mesmas leis que dirigem as coisas na natureza e os fatos da vida são as que nos governam; que foram dadas para o nosso bem, e unicamente na obediência às mesmas podemos encontrar a verdadeira felicidade e êxito. -- Educação, 102, 103. Lições práticas de agricultura LA 145 3 Dentre as lições quase inumeráveis ensinadas pelos vários processos do crescimento, algumas das mais preciosas são apresentadas na parábola do Salvador, sobre a semente. Contém lições para idosos e jovens. ... LA 145 4 A germinação da semente representa o começo da vida espiritual, e o desenvolvimento da planta é uma figura do desenvolvimento do caráter. ... Procurando os pais e professores ensinar estas lições, este trabalho deve fazer-se prático. Que as próprias crianças preparem o terreno e semeiem a semente. Enquanto trabalham, o pai ou professor pode explicar o jardim do coração, com a boa ou má semente ali semeada, e mostrar que, como o jardim deve ser preparado para a semente natural, assim deve o coração ser preparado para a semente da verdade. ... Ninguém se estabelece em um trecho de terra inculta com a expectativa de que de pronto ela forneça uma colheita. Deve empregar no preparo do solo um trabalho diligente, perseverante, bem como na semeadura e cultura da plantação. Semelhantemente deverá ser na semeadura espiritual. -- Educação, 104, 105, 111. Hábitos errôneos como erva daninha LA 146 1 Sendo possível, a casa deve ser fora da cidade, onde as crianças possam ter terreno para cultivar. Tenha cada uma delas um pedaço de terreno para si; e, ao lhes ensinardes a fazer uma horta, a preparar o terreno para a sementeira, e a importância de arrancar toda planta daninha, ensinai-lhes também quão importante é excluir da vida todo costume feio e prejudicial. Ensinai-os a combater os maus hábitos, assim como fazem às plantas daninhas na horta. Levará tempo para se ensinarem estas lições, mas valerá a pena e muito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 124. Ambiente familiar: exemplo de nossas crenças LA 146 2 Os pais estão na obrigação perante Deus, de tornar os arredores do lar uma representação da verdade que professam. Podem então dar lições corretas a seus filhos, e estes aprenderão a associar o lar terreno com o celestial. A família aqui precisa, tanto quanto possível, ser um modelo da família do Céu. Então a tentação de condescender com o que é baixo e vil perderá muito de sua força. Os filhos devem ser ensinados que são apenas aspirantes aqui, e ser educados para se tornarem habitantes das mansões que Cristo está preparando para os que O amam e guardam os Seus mandamentos. Esta é a mais alta tarefa que os pais têm de desempenhar. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 144. Estabelecer lares no campo LA 146 3 Por todo o tempo em que Deus me der poder para falar a nosso povo, continuarei a convidar os pais a que deixem as cidades e formem lares no campo, onde possam cultivar o solo e aprender do livro da natureza as lições de pureza e simplicidade. As obras da natureza são ministros silenciosos de Deus, a nós dados para que nos ensinem verdades espirituais. Elas nos falam do amor de Deus e declaram a sabedoria do grande Artista. LA 147 1 Eu amo as belas flores. Elas são lembranças do Éden, apontando o bendito país em que, se formos fiéis, logo entraremos. O Senhor me está guiando a mente para as salutares propriedades das flores e árvores. -- Carta 47, 1903. ------------------------Capítulo 22 -- Como construir e mobiliar a casa Ventilação, luz e drenagem LA 148 1 Na construção de edifícios, seja para fins públicos seja para morada, devia-se tomar cuidado de providenciar quanto à boa ventilação e abundância de luz. As igrejas e salas de aula são muitas vezes deficientes a esse respeito. A negligência da ventilação apropriada é responsável por muito desinteresse e sonolência que destrói o efeito de muitos sermões e torna fatigante e ineficaz o trabalho do professor. LA 148 2 Tanto quanto possível, os prédios destinados a servir de morada devem ser situados em terreno alto e enxuto. Isto garantirá um sítio seco. ... Este assunto é com demasiada freqüência considerado muito levemente. Constante má saúde, moléstias sérias e muitas mortes, são o resultado da umidade e da malária de sítios baixos e com deficiente escoamento. LA 148 3 Na construção de casas é de especial importância assegurar perfeita ventilação e abundância de sol. Haja uma corrente de ar e quantidade de luz em cada aposento da casa. Os quartos de dormir devem ser colocados de maneira a terem franca circulação de ar dia e noite. Nenhum aposento é apropriado para servir de dormitório, a menos que possa ser completamente aberto todos os dias ao ar e ao sol. Em muitos países os quartos de dormir precisam de ser aparelhados de aquecimento, para que fiquem completamente aquecidos e secos no tempo frio ou úmido. LA 148 4 O quarto dos hóspedes deve merecer cuidados iguais aos que se destinam a uso constante. Como os demais dormitórios, deve receber ar e sol, e ser aparelhado com meios de aquecimento, a fim de secar a umidade que sempre se acumula num aposento que não é sempre usado. Quem quer que durma num quarto não banhado por sol, ou ocupe uma cama que não seja bem seca e arejada, o faz com risco da saúde, e muitas vezes da própria vida. ... LA 149 1 Os que têm de atender a pessoas idosas devem lembrar-se de que estas, especialmente, precisam de quartos quentes, confortáveis. O vigor declina à medida que avança a idade, deixando menos vitalidade para resistir às influências insalubres; daí a maior necessidade dos idosos quanto à abundância de luz solar e de ar renovado e puro. -- A Ciência do Bom Viver, 274, 275. Evitar construir em baixadas LA 149 2 Se queremos que nosso lar seja a morada da saúde e da felicidade, devemos colocá-lo acima da poluição e neblina das baixadas, dando livre entrada aos celestes elementos de vida. Dispensai as pesadas cortinas, abri as janelas e persianas, não permitais que trepadeiras, por mais belas que sejam, vos ensombrem as janelas, nem que nenhuma árvore fique tão próxima da casa que impeça a luz do Sol de nela penetrar. Talvez essa luz desbote as cortinas e os tapetes, e manche as molduras dos quadros; dará, porém, saudável vivacidade aos rostos das crianças. -- A Ciência do Bom Viver, 275. Um quintal ao redor da casa LA 149 3 Um quintal embelezado com árvores e alguns arbustos, a conveniente distância da casa, tem uma influência salutar sobre a família, e, se bem cuidado, se mostrará benéfico à saúde. Mas árvores de sombra e arbustos cerrados e densos ao redor da casa a tornam insalubre, pois impedem a livre circulação do ar e os raios do Sol. Em conseqüência, a umidade toma conta da casa, especialmente nas estações chuvosas. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 107. Efeito da beleza natural sobre a casa LA 149 4 Deus ama o belo. Revestiu a Terra e o céu de beleza, e com alegria paternal contempla o deleite de Seus filhos nas coisas que criou. Ele deseja que circundemos nossas habitações com a beleza das coisas naturais. LA 150 1 Quase todos os moradores do campo, se bem que pobres, poderiam ter ao redor de suas moradas um pedaço de gramado, algumas árvores de sombra, arbustos floridos, ou flores fragrantes. E, muito mais que os adornos artificiais, contribuirão para a felicidade do lar. Trarão para a vida doméstica influência amenizante, aperfeiçoadora, robustecendo o amor da natureza, e atraindo mais os membros da família uns para os outros, e para Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 370. Seja simples o mobiliário do lar LA 150 2 Nossos hábitos artificiais privam-nos de muitas bênçãos e alegrias, e incapacitam-nos para viver uma vida mais útil. Mobílias trabalhadas e custosas representam não somente um desperdício de dinheiro, mas daquilo que é mil vezes mais precioso. Elas trazem para a família pesado fardo de cuidados, labores e perplexidades. ... LA 150 3 Mobiliai vossa casa com móveis simples, com coisas que se possam manusear livremente, limpar com facilidade e substituir sem grande dispêndio. Com bom gosto, podeis tornar um lar simples atrativo e aprazível, se aí residirem o amor e o contentamento. -- A Ciência do Bom Viver, 367, 370. LA 150 4 A felicidade não se encontra em exibição vazia. Quanto mais simples a ordem de uma casa bem organizada, mais feliz será o lar. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1877. Evitar o espírito de rivalidade LA 150 5 A vida é um desapontamento e um enfado para muitas pessoas, em virtude do desnecessário trabalho com que se sobrecarregam para atender as exigências da moda. Estão com a mente continuamente aflita pela ansiedade quanto a suprir as carências que brotam do orgulho e da moda. ... LA 151 1 As despesas, os cuidados e o trabalho prodigalizados naquilo que, se não é positivamente prejudicial, é desnecessário, poderiam ser empregados no progresso da causa de Deus se aplicados em algo mais valioso. O povo anseia pelo que se chama luxo da vida, e sacrifica saúde, força e meios para obtê-los. Um lamentável espírito de rivalidade se manifesta entre as pessoas da mesma classe quanto a quem fará maior exibição em matéria de vestuário e de arranjos da casa. A doce palavra "lar" está pervertida a ponto de significar "alguma coisa com quatro paredes, cheia de adornos e mobiliário elegante", enquanto os moradores estão em contínua tensão para fazer face aos reclamos da moda nos diferentes setores da vida. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1877. LA 151 2 Muitos são infelizes na vida do lar, porque estão procurando a duras penas manter as aparências. Gastam grandes somas e trabalho ininterruptamente, para que possam fazer uma ostentação e arrancar aplausos de seus amigos -- que na realidade nem se preocupam com eles em sua prosperidade. Artigo após artigo é considerado indispensável aos arranjos da casa, até que se fazem tantos ajustes que, conquanto agradem aos olhos e lisonjeiem o orgulho e a ambição, nada acrescentam ao conforto da família. E no entanto isso atingiu as forças e a paciência, e consumiu valioso tempo que devia ter sido dado ao serviço do Senhor. LA 151 3 A preciosa graça de Deus é posta em segundo lugar em relação a questões sem importância real; e muitos, ao mesmo tempo que coletando material para desfrutar prazer, perdem a capacidade para serem felizes. Verificam que o que possuem não lhes dá a satisfação que haviam esperado derivasse daí. Este interminável rodízio de trabalho, esta incessante ansiedade em embelezar o lar para que visitas e estranhos o admirem, não pagam jamais o tempo e os meios expendidos. É colocar no pescoço um jugo difícil de ser levado. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. Contraste entre duas famílias LA 152 1 Há em algumas famílias demasiado rigor na arrumação. Ordem e asseio são essenciais ao conforto, mas estas virtudes não devem ser levadas a tal extremo que torne a vida um período de incessante enfado e o lar miserável para os que nele residem. Nas residências de alguns a quem muito estimamos, há rígida precisão no arranjo do mobiliário e acessórios, que torna o lar tão desagradável como seria a falta de ordem. A penosa arrumação que envolve toda a casa torna impossível encontrar aí o repouso que se espera num verdadeiro lar. LA 152 2 Não é agradável, quando em breve visita a queridos amigos, ver o meticuloso cuidado e constante solicitação da vassoura e do espanador, e tempo que havíeis imaginado passar com eles em agradável conversa ser gasto na busca de um grão de pó ou uma teia de aranha ocultos. Embora isto possa ser feito com o devido respeito a vossa presença na casa, sentis contudo uma penosa impressão de que vossa companhia é de menos importância para vossos amigos do que suas idéias de excessivo asseio. LA 152 3 Em contraste direto com tais lares está um que visitamos no último verão (1876). Ali as poucas horas de nossa estada não foram gastas em trabalho inútil ou em fazer o que poderia ser feito em qualquer outra ocasião, mas foram ocupadas de maneira agradável e proveitosa, repousante a um tempo para a mente e para o corpo. A casa era um modelo de conforto embora não mobiliada com extravagância. Os quartos eram todos bem iluminados e ventilados... o que é de valor mais real do que os mais custosos ornamentos. A sala de estar não era mobiliada com essa precisão tão enfadonha para os olhos, mas com uma variedade agradável de artigos de mobiliário. LA 153 1 A maioria das cadeiras eram de balanço ou espreguiçadeiras, não todas do mesmo modelo, mas ajustadas ao conforto dos diferentes membros da família. Havia cadeiras de balanço almofadadas baixas, e cadeiras altas de encosto reto; espreguiçadeiras pequenas e espaçosas, como também confortáveis sofás; e tudo parecia dizer: "Experimente-me; descanse em mim." Havia mesas sortidas com livros e periódicos. Tudo estava arrumado e atrativo, mas sem esse arranjo meticuloso que parece advertir o espectador que não deve tocar em nada para que não suceda pô-lo fora do lugar. LA 153 2 Os donos deste agradável lar estavam em situação de poder mobiliar e embelezar sua residência a alto custo, mas sabiamente haviam escolhido conforto antes que ostentação. Nada havia na casa considerado demasiado bom para ser usado, e as cortinas e venezianas não estavam fechadas para impedir que os tapetes e a mobília perdessem a cor. A luz dada por Deus e o ar tinham livre ingresso, juntamente com a fragrância das flores do jardim. A família estava, aliás, em harmonia com o lar: eram alegres, tratáveis, fazendo para o nosso conforto tudo que era necessário, sem nos oprimir com demasiada atenção como quem nos quer fazer sentir que estamos causando trabalho extra. Sentimos que estávamos num lugar de repouso. Este era um lar no verdadeiro sentido da palavra. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1877. Um princípio usado na decoração LA 153 3 A rígida precisão que temos mencionado como sendo um desagradável aspecto de muitos lares não está de acordo com o grande plano da natureza. Deus não fez que as flores do campo crescessem em canteiros regulares com bordos determinados, mas espalhou-as como gemas sobre a pradaria verde, e elas embelezam a Terra com sua variedade de forma e de cor. As árvores da floresta não estão em linhas regulares. É repousante para os olhos e para o espírito demorar-se sobre as cenas da natureza, sobre as florestas, os montes, vales, planícies e rios, desfrutando o prazer de infindáveis variedades de forma e cor, e a beleza com que as árvores, arbustos e flores estão agrupados no jardim da natureza, fazendo-a um quadro de beleza. Crianças, jovens e adultos podem igualmente encontrar repouso e satisfação aí. LA 154 1 Esta lei de variação pode ser até certo ponto posta em prática no lar. Deve haver uma harmonia adequada de cores e uma propriedade geral de coisas no mobiliar-se uma casa; mas não é necessário ao bom gosto que cada móvel do mobiliário de um aposento seja do mesmo padrão no desenho, no material e tapeçaria; mas, ao contrário, é mais aprazível aos olhos que haja harmoniosa variedade. LA 154 2 Mas seja o lar humilde ou elegante, custosos os seus adornos ou ao contrário, não haverá felicidade dentro de suas paredes a menos que o espírito dos que nele habitam esteja em harmonia com a vontade divina. O contentamento deve reinar dentro do lar. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1877. LA 154 3 A melhor parte da casa, os mais ensolarados e convidativos aposentos, e o mobiliário mais confortável, devem estar em uso diário pelos que realmente vivem na casa. Isto tornará o lar atrativo aos que nele vivem bem como a essa classe de amigos que de fato nos estimam, e a quem podemos beneficiar e por quem podemos ser beneficiados. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. Considerar o conforto e o bem-estar dos filhos LA 154 4 Não se requer um ambiente custoso e um mobiliário de alto preço para tornar contentes e felizes os filhos no lar, mas é necessário que os pais lhes dediquem terno amor e cuidadosa atenção. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. LA 155 1 Quatro paredes e caro mobiliário, tapetes de veludo, elegantes espelhos e finos quadros não fazem um "lar" se a simpatia e o amor estão ausentes. A sagrada palavra não pertence às mansões deslumbrantes onde as alegrias da vida doméstica são desconhecidas. ... LA 155 2 Com efeito o conforto e o bem-estar dos filhos são a última coisa considerada em semelhante lar. Eles são negligenciados pela mãe, cujo tempo é todo devotado para manter a aparência e atender às exigências da sociedade moderna. Sua mente é deseducada; adquirem maus hábitos e tornam-se desassossegados e insatisfeitos. Não encontrando prazer em seu lar, mas apenas desagradáveis restrições, fogem do seio da família tão logo quanto possível. Atiram-se ao grande mundo com pouca relutância, não contidos pela influência do lar e o terno conselho da família. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. LA 155 3 Não lhes digais o que tenho ouvido muitas mães dizer: "Não há lugar para você aqui na sala de visitas. Não se sente nesse sofá que está coberto com cetim de damasco. Não quero que se sente neste sofá." E quando vão para outro aposento: "Não quero que faça barulho aqui." Se se dirigem para a cozinha, diz-lhes a cozinheira: "Não me venha incomodar. Saia daqui com esse barulho; não me atrapalhe." Onde vão eles receber a educação? Na rua. -- Manuscrito 43a, 1894. Bondade e amor mais preciosos que o luxo LA 155 4 São introduzidos demasiado cuidado e fardo no seio de nossas famílias e muito pouco de natural simplicidade, paz e felicidade é acariciado. Deve haver menos cuidado pelo que o mundo fora diz, e mais preocupada atenção para com os membros do círculo familiar. Haja menos exibicionismo e afetação de polidez mundana, e mais afeição e amor, plenitude de alegria e cortesia cristã entre os membros da família. Muitos necessitam aprender como tornar o lar atrativo, um lugar de prazer. Corações gratos e fisionomias de bondade são mais valiosos que riqueza e luxo; e o contentamento com coisas simples torna feliz o lar se nele há amor. LA 156 1 Jesus, nosso Redentor, andou na Terra com a dignidade de um rei; era contudo manso e humilde de coração. Era uma luz e bênção em todo lar, porque levava alegria, esperança e coragem consigo. Oh, que possamos ficar satisfeitos com menos anseios do coração, menos apego por coisas difíceis de serem obtidas para embelezar nossos lares, enquanto o que Deus avalia acima de jóias -- um espírito manso e quieto -- não é acariciado. A graça da simplicidade, mansidão e verdadeira afeição faria um paraíso do mais humilde lar. É melhor suportar alegremente cada inconveniência do que perder a paz e o contentamento. -- Testimonies for the Church 4:621, 622. ------------------------Capítulo 23 -- As crianças -- uma benção Famílias fazem parte do plano de Deus LA 159 1 Aquele que deu Eva a Adão por companheira... ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. -- A Ciência do Bom Viver, 356. LA 159 2 Os filhos são a herança do Senhor e Lhe somos responsáveis pela administração de Sua propriedade. ... Trabalhem igualmente os pais para a família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isaías 8:18. -- Parábolas de Jesus, 195, 196. LA 159 3 Uma casa sem crianças é um lugar desolado. O coração dos que nela residem está em perigo de se tornar egoísta, de acariciar o amor pela própria comodidade e consultar seus próprios desejos e conveniências. Atraem compaixão para si mesmos, mas têm pouco para conceder a outros. -- Testimonies for the Church 2:647. Conselho a um casal sem filhos LA 159 4 O egoísmo, que se manifesta de variadas formas, segundo as circunstâncias e a organização peculiar dos indivíduos, deve morrer. Se tivésseis filhos, e vosso pensamento fosse compelido a desviar-se de vós mesmos para o cuidado deles, para instruí-los e ser-lhes um exemplo, ser-vos-ia isto uma vantagem. ... Quando dois formam uma família, como no vosso caso, e não há filhos para pôr em exercício a paciência, a tolerância e o verdadeiro amor, há necessidade de constante vigilância a fim de que o egoísmo não consiga a supremacia, para que não vos torneis o centro, exigindo atenção e cuidado, que não vos sentis na obrigação de conceder a outros. -- Testimonies for the Church 2:230, 231. LA 160 1 Muitos estão enfermos física, mental e moralmente, porque sua atenção está voltada exclusivamente para si mesmos. Poderiam ser salvos desse estado de estagnação pela sadia vitalidade e a diversidade de mente dos mais novos, e a incansável energia das crianças. -- Testimonies for the Church 2:647. Traços nobres são desenvolvidos no cuidado das crianças LA 160 2 Tenho terno interesse por todas as crianças, pois tornei-me uma sofredora em tenra idade. Tenho tomado muitas crianças para delas cuidar, e tenho compreendido sempre que a associação com a simplicidade da infância foi uma grande bênção para mim. ... LA 160 3 A simpatia, paciência e amor exigidos no trato com crianças seriam uma bênção em todo lar. Elas poderiam abrandar e subjugar traços de caráter naqueles que necessitam ser mais otimistas e calmos. A presença de uma criança num lar suaviza e refina. Uma criança criada no temor do Senhor é uma bênção. -- Carta 329, 1904. LA 160 4 O cuidado e afeição por crianças dependentes removem as asperezas de nossa natureza, fazem-nos ternos e compreensivos, e influem no desenvolvimento dos mais nobres elementos de nosso caráter. -- Testimonies for the Church 2:647. A influência do filho sobre Enoque LA 160 5 Depois do nascimento de seu primeiro filho, Enoque alcançou uma experiência mais elevada; foi levado a uma relação mais íntima com Deus. Compreendeu mais amplamente suas obrigações e responsabilidade como filho de Deus. E, quando viu o amor do filho para com o pai, sua confiança singela em sua proteção; quando sentiu a ternura profunda e compassiva de seu próprio coração por aquele filho primogênito, aprendeu uma lição preciosa do maravilhoso amor de Deus para com os homens no dom de Seu filho, e a confiança que os filhos de Deus podem depositar em seu Pai celestial. -- Patriarcas e Profetas, 84. Um precioso depósito LA 161 1 Os filhos são entregues aos pais como precioso depósito, o qual Deus um dia requererá de suas mãos. Devemos dedicar mais tempo a sua educação mais cuidado e mais oração. Eles necessitam mais da justa espécie de instrução. ... LA 161 2 Lembrai-vos de que vossos filhos são os mais jovens membros da família de Deus. Ele os tem entregue ao vosso cuidado, para que os prepareis e eduqueis para o Céu. Tereis que dar conta a Ele pela maneira como desempenhastes vosso sagrado dever. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. ------------------------Capítulo 24 -- Tamanho da família Grave dano às mães, filhos e à sociedade LA 162 1 Há pais que, sem considerarem se podem ou não sustentar uma grande família, enchem a casa com esses pequenos seres desajudados, que dependem inteiramente dos pais para instrução e cuidado. ... Isto é um grave erro, não apenas para com a mãe, mas também para com os filhos e a sociedade. ... LA 162 2 Os pais deviam ter sempre em mente o bem futuro de seus filhos. Não deviam ser compelidos a devotar cada hora a opressivo trabalho a fim de prover às necessidades da vida. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. LA 162 3 Antes de aumentar a família, devem pensar se Deus é glorificado ou desonrado com o trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio, e durante todo o tempo de sua vida de casados. -- Testimonies for the Church 2:380. A saúde da mãe é importante LA 162 4 Em vista da responsabilidade que recai sobre os pais, deve ser cuidadosamente considerado se é melhor trazer filhos à família. Tem a mãe suficiente força para deles cuidar? E pode o pai dar-se à prerrogativa de bem modelar e retamente educar a criança? Quão pouco é o destino da criança considerado! A satisfação da paixão é o único pensamento, e cargas são impostas à esposa e mãe, que lhe minam a vitalidade e paralisam a faculdade espiritual. Com a saúde enfraquecida e o espírito desencorajado ela se cerca de um pequeno rebanho do qual não pode cuidar como devia. Faltando-lhes a instrução que deviam ter, eles crescem para desonrar a Deus e comunicar a outros os males de sua própria natureza, e assim se forma um exército que Satanás maneja como bem entende. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. Outros fatores LA 163 1 Deus deseja que os pais ajam como seres racionais e vivam de maneira que cada filho possa ser devidamente educado, a fim de que a mãe tenha força e tempo para empregar suas faculdades mentais para disciplinar os pequenos para a associação com os anjos. Ela deve ter coragem de desempenhar nobremente sua parte e fazer sua obra no temor e amor de Deus, a fim de que seus filhos se mostrem uma bênção para a família e para a sociedade. LA 163 2 O esposo e pai deve considerar todas estas coisas, não venha a esposa e mãe de seus filhos a ser sobrecarregada e oprimida com o desânimo. Deve ele cuidar que a mãe de seus filhos não seja colocada em posição de não poder cuidar devidamente de seus numerosos pequenos, vindo a crescerem sem a educação apropriada. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. LA 163 3 Os pais não devem aumentar a família mais depressa do que possam os filhos serem bem cuidados e educados. Uma criança nos braços da mãe cada ano é para esta grande injustiça. Isto debilita, e não raro destrói, o prazer social e aumenta as misérias domésticas. Rouba aos filhos aquele cuidado, educação e felicidade que os pais sentem dever propiciar-lhes. -- A Solemn Appeal, 110, 111. Conselho a pais com família numerosa LA 163 4 A pergunta que vos compete fazer é: "Estou formando uma família para fortalecer a influência e engrossar as fileiras dos poderes das trevas, ou estou suscitando filhos para Cristo?" LA 163 5 Se não governais vossos filhos e não lhes modelais o caráter de modo que correspondam aos reclamos de Deus, então quanto menos filhos houver para sofrer as conseqüências de uma educação defeituosa, tanto melhor para vós, seus pais, e melhor para a sociedade. A menos que os filhos possam ser educados e disciplinados desde o berço por uma mãe sábia e judiciosa, que seja conscienciosa e diligente, e que governe sua casa no temor do Senhor, talhando e moldando o caráter deles para que possam estar à altura das normas de justiça, é pecado aumentar a família. Deus vos deu raciocínio, e quer que o useis. -- Testimonies for the Church 5:323, 324. LA 164 1 Pais e mães, quando sabeis que sois deficientes no conhecimento de como educar vossos filhos para o Mestre, por que não aprendeis vossa lição? Por que continuais a trazer filhos ao mundo para engrossar as fileiras de Satanás? Está Deus contente com esta demonstração? Quando vedes que uma grande família sobrecarregará duramente vossos recursos; quando vedes que a mãe está cheia de filhos, e que ela não tem o tempo entre os nascimentos para fazer a obra que cada mãe necessita fazer, por que não considerais os resultados? Cada filho suga a vitalidade da mãe, e quando pais e mães não usam a razão neste assunto, que oportunidade têm os pais ou os filhos de ser devidamente disciplinados? O Senhor convida os pais a que considerem devidamente este assunto à luz de realidades eternas. -- Carta 107, 1890. Considerações de economia LA 164 2 Devem [os pais] considerar com calma que provisões podem ser feitas para os filhos. Não têm direito de os porem no mundo para serem uma carga aos outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar quanto ao sustento da família, de maneira a não se tornarem pesados aos outros? Se o não têm, cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta do necessário cuidado, alimento e vestuário. -- Testimonies for the Church 2:380. LA 165 1 Os que são seriamente deficientes em tato comercial, e os menos qualificados para se ajustarem no mundo, geralmente enchem a casa de filhos, ao passo que os habilidosos para adquirir propriedades em geral não têm mais filhos do que aqueles que podem bem atender. Os que não estão qualificados para cuidarem de si, não deviam ter filhos. -- A Solemn Appeal, 103. Como às vezes problemas são trazidos à igreja LA 165 2 Muitos que mal podem viver solteiros resolvem casar e formar uma família, quando sabem que não têm com que sustentá-la. E o que é pior, não têm o governo da família. Toda a sua conduta em família é marcada por hábitos de desleixo. Têm apenas pouco controle de si mesmos, e são irascíveis, impacientes, mal-humorados. Quando estas pessoas abraçam a mensagem, consideram-se habilitadas à assistência de seus irmãos mais afortunados; e se suas expectativas não são satisfeitas, queixam-se da igreja e acusam-nos de não viverem sua fé. Quem deveria sofrer nesse caso? Deve a causa de Deus ser consumida, e esgotados os tesouros em diferentes lugares, para que sejam cuidadas essas grandes famílias de pobres? Não. Os pais têm que sofrer as conseqüências. Eles não sofrerão, em sentido geral, maior falta após aceitar o sábado do que a que experimentavam antes. -- Testimonies for the Church 1:273. Como o trabalho missionário é limitado LA 165 3 Ao enviarem-se missionários a campos distantes, devem ser selecionados homens que saibam economizar, que não tenham família grande e que, compreendendo a brevidade do tempo e a grande obra a ser realizada, não encherão de filhos o lar, mas se conservarão livres tanto quanto possível de tudo que lhes desvie a mente de sua grande obra. A esposa, se devotada e deixada livre para fazê-lo pode, colocando-se ao lado do esposo, realizar tanto quanto ele. Deus abençoou a mulher com talentos para serem usados para Sua glória em levar muitos filhos e filhas a Deus; mas muitas que podiam ser eficientes obreiras são conservadas no lar para cuidar dos pequenos. LA 166 1 Necessitamos de missionários que o sejam no verdadeiro sentido da palavra; que ponham de lado considerações egoístas e permitam que a causa de Deus venha em primeiro lugar; e que, trabalhando com simplicidade para a Sua glória, estarão prontos a qualquer momento para irem aonde Ele lhes ordene trabalhar em qualquer mister a fim de espalhar o conhecimento da verdade. Homens cujas esposas amem e temam a Deus e que possam ajudá-los na obra são necessários no campo missionário. Muitos que têm famílias saem a trabalhar, mas não se entregam inteiramente ao trabalho. Sua mente está dividida. Esposa e filhos afastam-nos do trabalho e não raro conservam-nos fora do campo em que poderiam entrar, não fosse o pensarem que precisam estar perto do lar. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1885. ------------------------Capítulo 25 -- O cuidado das crianças necessitadas Crianças órfãs LA 167 1 Muitos pais que morreram na fé, repousando na eterna promessa de Deus, deixaram seus amados na plena confiança de que Deus cuidará deles. E como o Senhor toma providências em favor desses desamparados seres? Ele não opera um milagre enviando maná do Céu; não manda que os corvos lhes dêem o sustento; mas opera um milagre sobre o coração humano, expulsando da alma o egoísmo e franqueando as fontes da benevolência. Ele prova o amor de Seus professos seguidores confiando-lhes à terna compaixão os entes desamparados. LA 167 2 Que abram o coração e o lar a essas crianças, aqueles que têm o amor de Deus. ... LA 167 3 Há um vasto campo de prestatividade diante de todo aquele que deseje trabalhar pelo Mestre, cuidando dessas crianças e jovens que foram privados da cuidadosa guia dos pais e da subjugante influência de um lar cristão. Muitos deles têm herdado maus traços de caráter; e se deixados a crescer na ignorância, se entregarão a associações que levam ao vício e ao crime. Essas crianças sem futuro necessitam ser postas em posição favorável para a formação de um caráter reto, a fim de que se tornem filhos de Deus. -- Testimonies for the Church 6:281, 282. Responsabilidade da igreja LA 167 4 Crianças sem pai nem mãe são postas nos braços da igreja, e Cristo diz a Seus seguidores: Tomai essas crianças desprotegidas, trazei-as a Mim, e recebereis vosso salário. Tenho visto muita manifestação de egoísmo nestas coisas. A menos que haja alguma evidência especial de que eles próprios serão beneficiados na adoção em sua família daqueles que necessitam de lares, alguns se esquivam, e respondem: Não. Não parecem saber ou importar-se de que estejam tais crianças salvas ou perdidas. Isto, eles pensam, não lhes diz respeito. Respondem como Caim: "Sou eu guardador do meu irmão?" Gênesis 4:9. Não estão dispostos a enfrentar o inconveniente e a fazer qualquer sacrifício pelos órfãos, e indiferentemente lançam-nos aos braços do mundo, que às vezes está mais disposto a recebê-los do que esses professos cristãos. No dia de Deus se fará inquirição quanto àqueles que o Céu lhes deu a oportunidade de salvar. Mas desejaram ser excluídos, e não se dispuseram a fazer a boa obra, a menos que esta se lhes tornasse proveitosa. Tem-se-me mostrado que os que recusam estas oportunidades para fazer o bem, ouvirão de Jesus: "Quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim." Mateus 25:45. Lede Isaías 58:5-11. -- Testimonies for the Church 2:33. Apelo a casais sem filhos LA 168 1 Alguns que não têm filhos deviam aprender a amar filhos alheios e cuidar deles. Podem eles não ser chamados a trabalhar em campos estrangeiros, mas podem ser chamados a trabalhar na própria localidade em que vivem. Em lugar de dar tanta atenção a bichinhos domésticos, esbanjando afeição com mudos animais, empreguem seus talentos com seres humanos, os quais têm um Céu para conquistar e um inferno de que fugir. Dêem sua atenção a criancinhas cujo caráter podem moldar segundo a semelhança divina. Dedicai vosso amor aos pequenos sem lar que vos estão ao redor. Em lugar de cerrar o coração aos membros da família humana, vede quantos desses pequenos sem lar podeis levar na doutrina e admoestação do Senhor. Há abundância de trabalho a todo que deseje fazê-lo. Empenhando-se neste setor de atividade cristã, a igreja pode crescer em número de membros e enriquecer no espírito. A tarefa de salvar os que não têm lar e os órfãos é responsabilidade de cada um. -- Manuscrito 38, 1895. LA 169 1 Se os que não têm filhos e a quem Deus fez mordomos de recursos, abrissem o coração para amparar crianças que necessitam de amor, cuidado e afeição, e de serem ajudadas com os bens deste mundo, poderiam ser muito mais felizes do que são hoje. Sempre que jovens sem o compassivo cuidado de um pai e o terno amor de uma mãe estiverem expostos à corruptora influência destes últimos dias, é dever de alguém suprir o lugar de pai e mãe para com alguns deles. Aprenda-se a prover-lhes amor, afeição e simpatia. Todos aqueles que professam ter um Pai no Céu, de quem esperam que deles cuide e finalmente os leve para o lar que lhes preparou, devem sentir a solene obrigação de ser amigos dos que não têm amigos e pais dos órfãos, de ajudar as viúvas e ser de utilidade prática neste mundo em benefício da humanidade. -- Testimonies for the Church 2:329. Devem as esposas de pastores adotar filhos? LA 169 2 Tem sido feita a pergunta se a esposa de pastor deve adotar crianças pequenas. Respondo: Se ela não tem aptidão de empenhar-se no trabalho missionário fora do lar, e considera seu dever tomar crianças órfãs e delas cuidar, ela pode fazer um bom trabalho. Mas seja a escolha feita primeiro entre filhos de pais guardadores do sábado. Deus abençoará a homens e mulheres que de boa vontade partilham o seu lar com os que não o têm. Mas se a esposa do pastor pode desempenhar parte pessoal na obra de educar a outros, deve ela consagrar suas faculdades a Deus como uma obreira cristã. Deve ela ser verdadeira ajudante do marido, assistindo-o em seu trabalho, melhorando o próprio intelecto e ajudando-o a dar a mensagem. O caminho está aberto para que a mulher humilde e consagrada, dignificada pela graça de Cristo, visite os que necessitam de auxílio e derrame luz nas almas desencorajadas. Elas podem levantar os abatidos orando com eles e apontando-lhes a Cristo. Não deviam, pois, devotar seu tempo e forças a um pequenino e desamparado mortal que necessite de constante cuidado e atenção. Não devem assim voluntariamente atar as próprias mãos. -- Testimonies for the Church 6:285. Abrir os lares a órfãos e desamparados LA 170 1 Tanto quanto estiver em vossa capacidade, fazei um lar para os que não o têm. Prepare-se cada um para desempenhar uma parte para o êxito desta obra. Disse o Senhor a Pedro: "Apascenta os Meus cordeiros." João 21:15. Esta ordem é para nós, e em abrindo nossos lares para os órfãos, ajudamos no seu cumprimento. Não permitais que Jesus fique desapontado convosco. LA 170 2 Tomai estas crianças e apresentai-as a Deus como perfumada oferenda. Pedi sobre eles Sua bênção e então modelai-os segundo a ordem de Cristo. Aceitará nosso povo este sagrado encargo? -- Testimonies for the Church 6:284. Um teste para o povo de Deus LA 170 3 Anos atrás foi-me mostrado que o povo de Deus seria testado na questão de prover um lar para os que não o têm; que haveria muitos sem lar em conseqüência de crer na verdade. Oposição e perseguição separariam os crentes de seus lares, e seria dever dos que tivessem lar abrir uma ampla porta aos que não o tivessem. Foi-me mostrado recentemente que Deus provaria Seu povo professo especialmente com respeito a este assunto. Cristo Se tornou pobre por amor de nós, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Fez um sacrifício a fim de que pudesse preparar um lar aos que peregrinos e estrangeiros no mundo procuram uma pátria melhor, isto é, a celestial. -- Testimonies for the Church 2:27, 28. ------------------------Capítulo 26 -- O legado dos pais aos filhos A lei da hereditariedade LA 172 1 A condição física e mental dos pais é perpetuada nos filhos. Esta é uma questão que não tem sido devidamente considerada. Sempre que os hábitos dos pais contrariam leis físicas, o dano que fazem a si mesmos se repetirá nas gerações futuras. ... LA 172 2 Pela cultura física, mental e moral todos podem tornar-se coobreiros de Cristo. Muito depende dos pais. Depende deles se trarão ao mundo filhos que se mostrarão uma bênção ou uma maldição. -- Manuscrito 3, 1897. LA 172 3 Quanto mais nobres os objetivos, mais elevados os dotes mentais e espirituais, e mais desenvolvidas as faculdades físicas dos pais. Cultivando a parte melhor de si mesmos, os pais exercem influência no moldar a sociedade e erguer as gerações futuras. -- A Ciência do Bom Viver, 371. Muitos pais são lamentavelmente ignorantes LA 172 4 Os que têm a seu cargo a propriedade de Deus na alma e corpo dos filhos formados a Sua imagem, devem erguer barreiras contra a condescendência sensual deste século que está arruinando a saúde física e moral de milhares. Se muitos crimes deste tempo pudessem ter revelada sua verdadeira causa, ver-se-ia que são atribuíveis à ignorância dos pais e mães que são indiferentes nesta questão. A saúde e a própria vida estão sendo sacrificadas nesta lamentável ignorância. Pais, se deixais de dar aos filhos a educação que Deus tornou vosso dever dar-lhes, tanto por preceito como por exemplo, tereis de responder a vosso Deus pelos resultados. Estes resultados não serão confinados meramente a vossos filhos, mas alcançarão gerações. Assim como um cardo que se permite crescer no campo produz uma colheita segundo a sua espécie, os pecados resultantes de vossa negligência realizarão a ruína de todos que estiverem em sua esfera de influência. -- Manuscrito 58, 1899. Males de intemperança são perpetuados LA 173 1 Vida de dissipação e o uso de vinho corrompem o sangue, inflamam as paixões e produzem enfermidades de toda espécie. Mas os males não terminam aqui. Os pais deixam enfermidades como legado a seus filhos. Como regra, cada intemperante que gera filhos transmite à descendência suas inclinações e más tendências; outorga-lhes enfermidades de seu sangue corrupto e inflamado. Licenciosidade, doenças e imbecilidade são transmitidas como uma herança de ais dos pais aos filhos e de geração a geração, e isto traz angústia e sofrimento ao mundo e não é menos que uma repetição da queda do homem. ... LA 173 2 E no entanto com que descuido ou indiferença homens e mulheres da presente geração se entregam à intemperança no comer e beber, deixando assim como legado às gerações futuras, enfermidades, intelecto debilitado, moral poluída. -- Testimonies for the Church 4:30, 31. Há uma razão para dupla compreensão e paciência LA 173 3 Pais e mães podem estudar o próprio caráter nos filhos. Podem muitas vezes ler humilhantes lições ao verem suas próprias imperfeições reproduzidas nos filhos e filhas. Enquanto procuram reprimir e corrigir nos filhos tendências hereditárias para o mal, devem os pais chamar em seu auxílio dupla paciência, perseverança e amor. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. LA 173 4 Quando um filho revela maus traços de caráter herdados dos pais, deverão enfurecer-se por esta reprodução de seus próprios defeitos? Não, não! Vigiem os pais cuidadosamente a si mesmos, evitando toda grosseria e rudeza, não venham estes defeitos a serem vistos uma vez mais em seus filhos. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. LA 174 1 Manifestai a mansidão e docilidade de Cristo no trato com os pequenos caprichosos. Tende sempre em mente que eles receberam sua obstinação como herança do pai e da mãe. Então tratai com os filhos que herdaram vossos próprios traços de caráter. -- Manuscrito 142, 1898. LA 174 2 Devem os pais confiar implicitamente no poder de Cristo para transformar as tendências para o mal que foram transmitidas aos filhos. -- Manuscrito 79, 1901. LA 174 3 Tende paciência, pais e mães. Não raro vossa negligência do passado tornará difícil vossa tarefa. Mas Deus vos dará força se nEle confiardes. Tratai sábia e bondosamente com vossos filhos. -- Manuscrito 80, 1901. ------------------------Capítulo 27 -- Círculo sagrado Santidade do círculo da Família LA 177 1 Há um círculo sagrado em torno de cada família, que deve ser preservado. Nenhuma outra pessoa tem o direito de entrar nesse círculo. Marido e esposa devem ser tudo um para o outro. A esposa não deve ter segredos que guarde do marido e permita que outros conheçam, e o marido não deve igualmente ter segredos para com a esposa e torná-los conhecidos de outros. O coração da esposa deve ser a sepultura das faltas do marido, e o coração do marido a sepultura das faltas da esposa. Nunca devem, nem um nem outro, permitir gracejos à custa dos sentimentos do parceiro. Não devem jamais, marido ou mulher, quer por brincadeira ou por qualquer outro meio queixar-se um do outro para outras pessoas, pois da prática freqüente desta imprudência, o que pode parecer uma brincadeira perfeitamente inocente acabará em conflito entre ambos e talvez em afastamento. Tem-se-me mostrado que deve haver uma sagrada proteção em torno de toda família. -- Manuscrito 1, 1855. LA 177 2 O círculo do lar deve ser considerado como um sagrado lugar, símbolo do Céu, espelho em que nos refletir a nós mesmos. Podemos ter amigos e associações, mas na vida do lar eles não devem interferir. Deve ter-se um forte senso de propriedade, experimentando-se sentimento de tranqüilidade, repouso, confiança. -- Carta 17, 1895. Língua, ouvidos e olhos devem ser santificados LA 177 3 Orem a Deus os componentes do círculo da família, para que Ele lhes santifique a língua, os olhos e os ouvidos, e cada membro de seu corpo. Quando postos em contato com o mal, não é necessário ser vencidos pelo mal. Cristo tornou possível ao caráter ser perfumado com o bem. ... LA 178 1 Quantos desonram a Cristo e dEle fazem uma falsa representação no lar! Quantos deixam de manifestar paciência, longanimidade, perdão, verdadeiro amor! Muitos têm seus gostos e desgostos e sentem-se em liberdade de manifestar sua disposição perversa em vez de revelar a vontade, as obras, o caráter de Cristo. A vida de Jesus está repleta de bondade e amor. Estamos nós nos desenvolvendo segundo Sua divina natureza? -- Manuscrito 18, 1891. União, amor e paz LA 178 2 Façam os pais e mães solene promessa a Deus, a quem professam amar e obedecer, de que por Sua graça não contenderão entre si, mas que em sua própria vida e temperamento manifestarão o espírito que desejam os filhos acariciem. -- Manuscrito 38, 1895. LA 178 3 Devem os pais ser cuidadosos em não permitir que o espírito de dissensão se insinue no lar; pois este é um dos instrumentos de Satanás para fazer sua impressão no caráter. Se os pais se empenharem pela unidade no lar mediante o inculcar os princípios que governaram a vida de Cristo, a dissensão será expulsa, e união e amor habitarão ali. Pais e filhos partilharão do dom do Espírito Santo. -- Manuscrito 53, 1912. LA 178 4 Lembrem-se marido e mulher que eles têm cargas bastantes para levar sem tornar a vida infeliz por permitir que sobrevenham diferenças. Os que dão lugar a pequenas diferenças convidam Satanás para dentro do lar. Os filhos contraem o espírito de contenda por ninharias. Agências do mal fazem sua parte em tornar pais e filhos desleais a Deus. -- Carta 133, 1904. LA 178 5 Embora possam surgir provas na vida matrimonial, marido e mulher devem guardar a alma no amor de Deus. O pai deve olhar a mãe de seus filhos como alguém merecedora de toda bondade, ternura e simpatia. -- Carta 198, 1901. O segredo da união familiar LA 179 1 A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximarem-se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço para vencer dificuldades -- embora haja muito disto a ser feito -- mas a união com Cristo. LA 179 2 Figurai um grande círculo, de cuja periferia saiam linhas que se dirigem todas para o centro. Quanto mais próximo do centro mais próximas estão estas linhas umas das outras. LA 179 3 Assim é na vida cristã. Quanto mais perto nos achegamos de Cristo, mais perto estaremos uns dos outros. Deus é glorificado quando Seu povo se une em ação harmoniosa. -- Carta 49, 1904. Ajudem-se uns aos outros LA 179 4 A família firme é um sagrado organismo social, em que cada membro deve desempenhar sua parte, um ajudando ao outro. A obra do lar deve mover-se suavemente, como as diferentes partes de uma máquina bem regulada. -- Manuscrito 129, 1903. LA 179 5 Cada membro da família deve sentir que sobre ele repousa a responsabilidade individual de fazer sua parte em ajudar no conforto, ordem e regularidade do lar. Não deve trabalhar um contra o outro. Todos devem empenhar-se unidos na boa obra de se encorajarem mutuamente; devem exercer gentileza, longanimidade e paciência; falar em tom calmo e baixo, evitando confusão, e cada um fazendo o melhor para aliviar o fardo da mãe... LA 179 6 Cada membro da família deve compreender exatamente a parte que dele se espera em união com os outros. Todos, desde a criança de seis anos e daí para cima, devem compreender que deles se requer que desempenhem sua parte nos encargos da vida. -- Testimonies for the Church 2:699, 700. Decisão apropriada LA 180 1 Preciso crescer na graça seja no lar ou onde quer que esteja, a fim de dar poder moral a todas as minhas ações. No lar devo guardar meu espírito, minhas ações, minhas palavras. Preciso dar tempo à cultura pessoal, ao preparo e educação de mim mesmo em retos princípios. Preciso ser um exemplo para os outros. Devo meditar na Palavra de Deus noite e dia e levá-la à minha vida prática. A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, é a única espada que posso com segurança usar. -- Manuscrito 13, 1891. ------------------------Capítulo 28 -- A primeira escola da criança Plano original de Deus para a educação LA 181 1 O método de educação estabelecido no Éden centralizava-se na família. Adão era o "[filho] de Deus" (Lucas 3:38), e era de seu Pai que os filhos do Altíssimo recebiam instrução. Tinham, no mais estrito sentido, uma escola familiar. LA 181 2 No plano divino de educação, adaptado às condições do homem após a queda, Cristo ocupa o lugar de representante do Pai, como o elo conectivo entre Deus e o homem; Ele é o grande ensinador da humanidade. E Ele ordenou que os homens e mulheres fossem Seus representantes. A família era a escola, e os pais os professores. LA 181 3 A educação centralizada na família era a que prevalecia nos dias dos patriarcas. Deus provia às escolas assim estabelecidas as mais favoráveis condições para o desenvolvimento do caráter. O povo que estava sob Sua direção ainda prosseguia com o plano de vida que Ele havia designado no princípio. Os que se afastavam de Deus construíam para si mesmos cidades, e, congregando-se nelas, gloriavam-se no esplendor, no luxo e no vício, que fazem das cidades de hoje o orgulho e a maldição do mundo. Mas os homens que se ativeram aos divinos princípios de vida, moravam entre os campos e colinas. Eram cultivadores do solo e guardas de rebanhos; e nessa vida livre, independente, com suas oportunidades para o trabalho, estudo e meditação aprendiam acerca de Deus e ensinavam os filhos a respeito de Suas obras e caminhos. Tal foi o método de educação que Deus desejava estabelecer em Israel. -- Educação, 33, 34. LA 182 1 Na vida usual, a família era tanto a escola como a igreja, sendo os pais os instrutores nos assuntos seculares e religiosos. -- Educação, 41. O círculo da família LA 182 2 Em Sua sabedoria o Senhor determinou que a família seja a maior dentre todos os fatores educativos. É no lar que a educação da criança deve iniciar-se. Ali está a sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, terá a criança de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida -- lições de respeito, obediência, reverência, domínio próprio. As influências educativas do lar são uma força decidida para o bem ou para o mal. São, em muitos sentidos, silenciosas e graduais, mas, sendo exercidas na direção devida, tornam-se fator de grande alcance em prol da verdade e justiça. Se a criança não é instruída corretamente ali, Satanás a educará por meio de fatores de sua escolha. Quão importante, pois, é a escola do lar! -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 107. LA 182 3 Olhai para o círculo do lar como uma escola, onde estais preparando os filhos para o cumprimento de deveres no lar, na sociedade e na igreja. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. A educação do lar, primeira em importância LA 182 4 É um triste fato, quase universalmente admitido e deplorado, que a educação do lar e o ensino da juventude de hoje têm sido negligenciados. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. LA 182 5 Não há um campo de ação mais importante do que o que foi designado aos fundadores e protetores do lar. Das obras, confiadas a seres humanos, nenhuma existe tão repleta de conseqüências de grande alcance, como a obra dos pais. LA 182 6 A juventude e a infância de hoje é que determinam o futuro da sociedade, e o que estes jovens e estas crianças hão de ser depende do lar. A falta de boa educação doméstica pode ser responsabilizada pela maior parte das enfermidades, de miséria e criminalidade que flagelam os homens. Se a vida doméstica fosse pura e verdadeira, se os filhos que saem do lar se achassem devidamente preparados para enfrentar as responsabilidades da vida e seus perigos, que transformação não experimentaria o mundo! -- A Ciência do Bom Viver, 351. Tudo o mais deve ser secundário LA 183 1 Toda criança trazida ao mundo é propriedade de Jesus Cristo, e deve ser educada por preceito e exemplo para amar e obedecer a Deus; mas decididamente o maior número de pais tem negligenciado a obra que Deus lhes deu, deixando de educar e preparar os filhos desde o alvorecer da razão, para conhecer e amar a Cristo. Mediante penoso esforço devem os pais vigiar a mente aberta e receptiva, tornando tudo secundário no lar ante o positivo dever sobre eles imposto por Deus, de educar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. -- Manuscrito 126, 1896. LA 183 2 Não devem os pais permitir que o cuidado dos negócios, costumes e regras mundanos e a moda tenham um poder controlador sobre eles, de maneira que negligenciem os filhos na infância e deixem de dar-lhes a devida instrução ao aumentarem em anos. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1894. LA 183 3 Uma grande razão por que há tanto mal no mundo hoje, é os pais ocuparem a mente com outras coisas que não aquela da máxima importância, isto é, como se adaptarem à obra de paciente e bondosamente ensinar aos filhos o caminho do Senhor. Se a cortina pudesse ser afastada, veríamos que muitos, muitos filhos que se têm extraviado, perderam-se para boas influências por causa deste descuido. Pais, podeis permitir que isto aconteça em vossa experiência? Nenhum trabalho deveis ter mais importante que vos impeça de dar a vossos filhos em todo o tempo o que seja necessário para fazê-los compreender o que significa obedecer ao Senhor e nEle confiar inteiramente. ... LA 184 1 E que colhereis como recompensa de vossos esforços? Tereis vossos filhos bem ao vosso lado, desejosos de estarem firmes e de cooperar convosco no plano que sugerirdes. Verificareis que vossa obra se fez mais fácil. -- Manuscrito 53, 1912. Instrumentos de Deus no ensino no lar LA 184 2 Devem os pais em sentido especial considerarem-se como instrumentos de Deus para instruir seus filhos, como o fez Abraão, para que guardem o caminho do Senhor. Necessitam buscar as Escrituras diligentemente, a fim de saberem qual é o caminho do Senhor, para que possam ensinar a sua casa. Miquéias diz: "Que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?" Miquéias 6:8. Para serem ensinadores, devem os pais ser discípulos, constantemente recebendo luz dos oráculos de Deus, levando esta preciosa luz por preceito e exemplo à educação de seus filhos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 145. LA 184 3 Pela luz que Deus me tem dado, sei que o esposo e a esposa devem ser no lar sacerdotes, médicos, enfermeiros e mestres, unindo os filhos a si mesmos e a Deus, educando-os para que deixem cada hábito que de alguma maneira milite contra a obra de Deus no corpo, e ensinando-os a cuidar de cada parte do organismo. -- Manuscrito 100, 1902. LA 184 4 A mãe deve ser sempre preeminente nesta obra de ensinar os filhos; embora deveres importantes e graves repousem sobre o pai, a mãe, pela quase constante associação com os filhos, especialmente durante os seus tenros anos, deve ser sempre sua especial companheira e instrutora. Deve ter o maior cuidado em cultivar nos filhos o asseio e a ordem, a fim de dirigi-los na correta formação de hábitos e gostos; deve instruí-los para que sejam industriosos, confiantes de si e um auxílio uns aos outros; para que vivam, ajam e laborem como se sempre à vista de Deus. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. LA 185 1 As irmãs mais velhas podem exercer forte influência sobre os membros mais jovens da família. Os mais novos, testemunhando o exemplo dos mais idosos, serão levados mais pelo princípio de imitação do que por preceitos inúmeras vezes repetidos. A filha mais velha deve sentir sempre ser um dever cristão sobre ela deposto de ajudar a mãe a levar seus inúmeros e trabalhosos encargos. -- Testimonies for the Church 3:337. LA 185 2 Os pais devem demorar-se mais no lar. Por preceito e exemplo devem ensinar aos filhos o amor e o temor de Deus; devem ensinar-lhes a serem compreensivos, sociáveis, afetivos; a cultivar hábitos industriosos, de economia e abnegação. Dando aos filhos amor, simpatia e encorajamento no lar, os pais podem prover-lhes um seguro e aprazível refúgio contra muitas tentações do mundo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 65. Preparação para a escola da igreja LA 185 3 É na escola do lar que nossos meninos e meninas se preparam para freqüentar a escola da igreja. Os pais devem ter isto constantemente em vista e, como professores no lar, consagrar a Deus todas as faculdades de seu ser, para que possam cumprir sua elevada e santa missão. A instrução diligente e fiel no lar, é o melhor preparo que as crianças podem receber para a escola da vida. -- Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, 150. Predominantes injunções de Deus LA 185 4 Temos regras bíblicas para guia de todos, tanto de pais como de filhos, norma alta e santa da qual não há fugir. As injunções de Deus devem ser predominantes. Abram os pais e mães a Palavra de Deus perante Ele, o pesquisador dos corações, e perguntem com sinceridade: "Que diz Deus?" -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. LA 185 5 Ensinai vossos filhos a amar a verdade porque é verdade, e porque devem ser santificados pela verdade e capacitados a estar em pé na solene revista que breve determinará se estão qualificados para obra mais elevada e para tornarem-se membros da família real, filhos do Rei celestial. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. Preparo para o conflito iminente LA 186 1 Satanás está movimentando seus exércitos. Estamos nós individualmente preparados para o terrível conflito que está mesmo à nossa frente? Estamos preparando nossos filhos para a grande crise? Estamos nos preparando a nós mesmos e a nossa casa para conhecer a posição do adversário e seus métodos de guerra? Estão nossos filhos formando hábitos de decisão, para que possam estar firmes e inamovíveis em toda questão de princípio e dever? Oro para que possamos todos compreender os sinais dos tempos, a fim de que preparemos a nós mesmos e a nossos filhos, de maneira que no tempo do conflito Deus possa ser nosso refúgio e defesa. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. ------------------------Capítulo 29 -- Tarefa que não pode ser transferida Responsabilidade intransferível dos pais LA 187 1 Pais, tendes responsabilidades que ninguém pode levar em vosso lugar. Enquanto viverdes, sois responsabilizados por Deus quanto a guardar o Seu caminho. ... Os pais que fazem da Palavra de Deus seu guia, e que compreendem quanto seus filhos dependem deles na formação do caráter, dar-lhes-ão um exemplo que lhes seja seguro seguir. -- Carta 356, 1907. LA 187 2 Os pais e mães são responsáveis pela saúde, a constituição, o desenvolvimento do caráter de seus filhos. Nenhum outro devia ser feito fiador desta obra. Ao vos tornardes pais, sobre vós recai a tarefa de cooperar com o Senhor na educação dos filhos em princípios sadios. -- Manuscrito 126, 1897. LA 187 3 Quão triste é que muitos pais têm deposto a responsabilidade que Deus lhes deu com respeito aos filhos, nas mãos de estranhos! Estão desejosos de que outros trabalhem por seus filhos e os libertem de todo o peso na questão. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. LA 187 4 Muitos que estão agora lamentando o desvio dos filhos são os únicos culpados. Examinem suas Bíblias e vejam o que Deus deles exige como pais e guardiões. Assumam eles seus deveres negligenciados por muito tempo. Necessitam humilhar-se e arrepender-se diante de Deus por sua negligência em seguir Sua direção na educação dos filhos. Necessitam mudar seu curso de ação e seguir estrita e cuidadosamente a Bíblia como seu guia e conselheiro. -- Manuscrito 57, 1897. A igreja sozinha não pode assumir essas responsabilidades LA 188 1 Se os jovens e as crianças entregassem o coração a Cristo, que exército poderia então ser suscitado para levar outros à justiça Mas os pais não devem deixar esta obra exclusivamente para a igreja. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. Nem o pode o pastor LA 188 2 Acumulais grandes responsabilidades sobre o pregador e o fazeis responsável pela alma de vossos filhos; mas não sentis vossa própria responsabilidade como pais e instrutores. ... Vossos filhos e filhas são corrompidos por vosso próprio exemplo e frouxos preceitos; e, não obstante esta falta de ensino doméstico, esperais que o pastor contorne vossa obra diária e realize a maravilhosa tarefa de educar-lhes o coração e a vida para a virtude e a piedade. Depois de haver o pastor feito tudo que pode para a igreja mediante fiel e afetiva admoestação, paciente disciplina e fervente oração para reconquistar e salvar a alma, não sendo bem-sucedido, os pais e mães não raro culpam-no por não se haverem os seus filhos convertido, quando a causa pode ser a sua própria negligência. A tarefa repousa sobre os pais. Tomarão eles sobre si a obra que Deus lhes confiou, a fim de fielmente realizá-la? Prosseguirão para a frente e para cima, trabalhando de maneira perseverante, paciente e humilde, a fim de alcançarem para si mesmos a exaltada norma e levar os filhos consigo? -- Testimonies for the Church 5:494, 495. LA 188 3 Não há muitos pais e mães pondo suas responsabilidades nas mãos de outros? Não pensam muitos deles que o pastor deve tomar o encargo e preocupar-se para que seus filhos se convertam e o selo de Deus seja posto neles? -- The Review and Herald, 21 de Maio de 1895. Nem o pode também a Escola Sabatina LA 188 4 É seu privilégio [dos pais] ajudar os filhos a obter o conhecimento que os pode levar à vida futura. Mas por alguma razão muitos pais não apreciam dar a seus filhos instrução religiosa. Permitem que respiguem na Escola Sabatina o conhecimento que eles deviam comunicar acerca de sua responsabilidade diante de Deus. Esses pais necessitam compreender que Deus deseja que eduquem, disciplinem e instruam seus filhos, pondo sempre diante deles o fato de que estão formando caráter para a vida presente e a futura. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. LA 189 1 Não recai sobre os professores da Escola Sabatina a obra de indicar a vossos filhos o caminho que devem seguir. A Escola Sabatina é uma grande bênção; ela pode ajudar-vos em vosso trabalho, mas não pode tomar vosso lugar. Deus deu a todos os pais e mães a responsabilidade de levar os filhos a Jesus, ensinando-lhes como orar e crer na Palavra de Deus. LA 189 2 Na educação de vossos filhos, não ponhais de lado as grandes verdades da Bíblia, na suposição de que a Escola Sabatina e os pastores farão a obra por vós negligenciada. A Bíblia não é intocavelmente sagrada e sublime que não possa ser aberta diariamente e estudada diligentemente. As verdades da Palavra de Deus devem ser relacionadas com as coisas da vida supostamente consideradas pequenas. Se corretamente consideradas, elas animarão a vida comum, fornecendo motivos para a obediência e princípios para a formação de um caráter reto. -- Manuscrito 5, 1896. ------------------------Capítulo 30 -- Companheirismo da família Devem os pais familiarizarem-se com os filhos LA 190 1 Alguns pais não compreendem os filhos, e não se relacionam verdadeiramente com eles. Existe com freqüência grande separação entre aqueles e estes. Caso penetrassem os pais mais plenamente no sentimento dos filhos e verificassem o que lhes está no coração, isto exerceria sobre eles uma influência benéfica. -- Testemunhos Selectos 1:146. LA 190 2 Pai e mãe devem trabalhar unidos, em plena simpatia mútua. Devem fazer-se companheiros dos filhos. -- Manuscrito 45, 1912. LA 190 3 Os pais devem estudar a maneira melhor e mais bem-sucedida de ganhar o amor e a confiança dos filhos, a fim de poderem guiá-los no caminho direito. Devem eles refletir o sol do amor na família. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. Encorajamento e louvor LA 190 4 As crianças gostam de ter companhia, e raramente se podem divertir sozinhas. Anseiam simpatia e ternura. O que lhes dá prazer, elas crêem que também o dá à mãe; e é natural que a ela se dirijam com suas pequeninas alegrias e pesares. A mãe não deve ferir-lhes o coraçãozinho tratando com indiferença essas coisas que, embora insignificantes para ela, são de grande importância para as crianças. A simpatia e aprovação que ela lhes dispensa, são preciosas. Um olhar de aprovação e uma palavra de ânimo ou louvor, serão como um raio de sol em seu coraçãozinho tornando-as às vezes felizes o dia inteiro. -- A Ciência do Bom Viver, 388. Confidentes dos filhos LA 190 5 Os pais devem animar os filhos a confiar neles, e desabafar com eles o coração quando têm desgostos e em suas diárias contrariedades e provas. -- Testemunhos Selectos 1:141. LA 191 1 Instruí-os bondosamente, e ligai-os ao vosso coração. É um tempo crítico para as crianças. Influências serão exercidas sobre elas a fim de aliená-las de vós, e cumpre-vos contrabalançá-las. Ensinai-lhes a fazerem de vós seus confidentes, segredem-vos elas ao ouvido suas provas e alegrias. -- Testemunhos Selectos 1:136. LA 191 2 Os filhos seriam poupados a muitos males, fossem eles mais familiares com seus pais. Estes devem estimular neles a disposição de ser abertos e francos com eles, a lhes levarem suas dificuldades, e a quando se acharem perplexos quanto à direção certa a tomar, a exporem a questão diante de seus pais, tal como eles a vêem, pedindo-lhes conselho. Quem é tão capaz de ver e indicar o perigo que eles correm, como os pais piedosos? Quem pode, como eles, compreender o temperamento particular de seus filhos? A mãe que observou toda disposição de espírito desde a infância, estando assim familiarizada com a natural inclinação, está mais bem preparada para aconselhar seus filhos. Quem pode dizer tão bem quais os traços de caráter a combater e restringir, como a mãe, ajudada pelo pai? -- Testemunhos Selectos 1:142. "Falta tempo" LA 191 3 "Falta tempo", diz o pai; "não tenho tempo de dedicar-me à instrução de meus filhos; não tenho tempo de dedicar-me a prazeres sociais domésticos." Então não devíeis ter tomado sobre vós a responsabilidade de uma família. Privando-os do tempo que lhes pertence por direito, estais lhes roubando a educação que deviam receber de vossas mãos. Se tendes filhos, tendes uma obra a fazer, em união com a mãe, na formação do caráter deles. -- Fundamentos da Educação Cristã, 65, 66. LA 191 4 Eis a afirmação de muitas mães: "Não tenho tempo de estar com meus filhos." Então por amor de Cristo gastai menos tempo com vossa roupa. Negligenciai vosso adorno pessoal, e o fazer e receber visitas. Negligenciai cozinhar uma variedade interminável de pratos. Mas nunca, nunca negligencieis vossos filhos. Que é a palha em face do trigo? Que nada se interponha entre vós e os melhores interesses de vossos filhos. -- The Signs of the Times, 3 de Abril de 1901. LA 192 1 Sobrecarregadas de muitos cuidados, as mães sentem que não podem às vezes dedicar tempo para instruir seus pequenos, e dispensar-lhes amor e simpatia. Lembrem-se elas, no entanto, de que, se os filhos não encontram nos pais e no lar aquilo que lhes satisfaz o desejo que experimentam de afeto e companheirismo, volvem-se para outras fontes, onde tanto a mente como o caráter podem perigar. -- A Ciência do Bom Viver, 389. Junto aos filhos no trabalho e nas recreações LA 192 2 Concedei algumas de vossas horas de lazer aos filhos; associai-vos com eles no trabalho e nos esportes, e ganhai-lhes a confiança. Cultivai-lhes a amizade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 124. LA 192 3 Dediquem os pais as noites às suas famílias. Ponham de lado os cuidados e perplexidades com os trabalhos do dia. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 65. Conselho a pais reservados e ditatoriais LA 192 4 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração dos educandos. Caso reunissem as crianças bem junto de si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em seus esportes, tornando-se por vezes uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. -- Testemunhos Selectos 1:318. Competidores do lar LA 193 1 Satanás e seu exército estão fazendo os mais poderosos esforços para manejar a mente das crianças, e estas devem ser tratadas com imparcialidade, ternura e amor cristãos. Isto vos dará uma forte influência sobre elas, e sentirão que podem depor ilimitada confiança em vós. Rodeai vossos filhos com os encantos do lar e do vosso convívio. Se assim fizerdes, não terão tanto desejo de se unirem com outras companhias. ... Devido ao mal que há agora no mundo, e à restrição que é necessário impor aos filhos, os pais devem ter cuidado dobrado em mantê-los unidos ao seu coração, fazendo-os compreender que desejam sua felicidade. -- Testemunhos Selectos 1:136, 137. Os pais devem se familiarizar com seus filhos LA 193 2 Não se deve permitir que se erga entre pais e filhos barreira alguma de frieza e reserva. Relacionem-se os pais com eles, buscando compreender-lhes os gostos e disposições, penetrando em seus sentimentos e discernindo o que lhes vai no coração. LA 193 3 Pais, deixai que vossos filhos vejam que os amais, e fareis tudo que estiver ao vosso alcance para torná-los felizes. Se assim fizerdes, as necessárias restrições que lhes impuserdes terão incomparavelmente mais peso em seu espírito. Governai vossos filhos com ternura e compaixão, lembrando que "os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus". Mateus 18:10. Se quereis que os anjos façam por vossos filhos a obra de que Deus os incumbiu, cooperai com eles, fazendo a vossa parte. LA 193 4 Criadas sob a sábia e amorosa guia de um lar verdadeiro, as crianças não terão desejo de ausentar-se em busca de prazer e camaradagem. O espírito que prevalece no lar moldará seu caráter; formarão hábitos e princípios que serão uma forte defesa contra a tentação, quando deixarem o abrigo do lar e assumirem sua posição no mundo. -- A Ciência do Bom Viver, 394. ------------------------Capítulo 31 -- Segurança mediante o amor O poder do ministério do amor LA 195 1 O poder do amor possui força maravilhosa, porquanto é divino. "A resposta branda desvia o furor" (Provérbios 15:1), "a caridade é sofredora, é benigna" (1 Coríntios 13:4), "a caridade cobrirá a multidão de pecados" (1 Pedro 4:8) -- sim, se aprendêssemos estas lições, quão grande não seria o poder para curar de que seríamos dotados! Como se transformaria a vida, e a Terra se tornaria a própria semelhança e amostra do Céu! LA 195 2 Estas preciosas lições podem ser tão singelamente ensinadas que sejam compreendidas mesmo pelas criancinhas. O coração da criança é terno e facilmente impressionável; e, se nós, os que somos mais idosos nos tornamos "como crianças" (Mateus 18:3), e se aprendermos a simplicidade, mansidão e o terno amor do Salvador, não encontramos dificuldade em tocar o coração dos pequenos, e ensinar-lhes o ministério restaurador do amor. -- Educação, 114. LA 195 3 Do ponto de vista do mundo, o dinheiro é poder; mas do ponto de vista cristão o amor é poder. Há envolvida neste princípio força intelectual e espiritual. O amor puro tem especial eficácia para o bem, e não pode fazer senão o bem. Ele previne a discórdia e o sofrimento e leva à verdadeira felicidade. A riqueza é não raro uma influência corruptora e destruidora; a força é forte para ferir; mas a verdade e a bondade são propriedades do puro amor. -- Testimonies for the Church 4:138. O amor é uma planta que deve ser nutrida LA 195 4 O lar deve ser o centro do amor mais puro e da mais elevada afeição. Paz, harmonia, afeição e felicidade devem ser perseverantemente acariciadas cada dia, até que essas preciosas virtudes habitem no coração dos que compõem a família. A planta do amor deve ser cuidadosamente alimentada; caso contrário morrerá. Todo bom princípio deve ser acariciado se queremos que ele floresça na alma. O que Satanás planta no coração -- ruins suspeitas, inveja, ciúmes, maledicência, impaciência, preconceito, egoísmo e cobiça -- devem ser desarraigados. Se se permite que essas más qualidades permaneçam na alma, produzirão frutos pelos quais muitos serão corrompidos. Oh, quantos cultivam as venenosas plantas que matam os preciosos frutos do amor e debilitam o caráter! -- The Signs of the Times, 20 de Junho de 1911. Não esquecer a própria infância LA 196 1 Não trateis vossos filhos apenas com severidade, esquecendo a vossa própria infância, e que eles não passam de crianças. Não espereis que sejam perfeitos, nem os busqueis tornar de repente homens e mulheres em seus atos. Assim fazendo, fechareis a porta de acesso que, de outro modo, a eles poderíeis ter, e os impelireis a abrir outra porta às influências prejudiciais, a que outros lhes envenenem a mente juvenil antes que desperteis para o perigo que correm. ... LA 196 2 Os pais não se devem esquecer dos anos de sua infância, de quanto anelavam simpatia e amor, e como se sentiam infelizes quando censurados e repreendidos com irritação. Devem ser novamente jovens em seus sentimentos, e levar a mente a compreender as necessidades das crianças. -- Testemunhos Selectos 1:136, 137. LA 196 3 Eles necessitam de palavras ternas e animadoras. Quão fácil é para as mães o dizer palavras de bondade e afeição que enviem calor ao coração dos pequenos, levando-os a esquecer suas perplexidades! -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. LA 196 4 Pais, dai a vossos filhos amor; amai-os no berço, na infância, na juventude. Não lhes fecheis a fisionomia, mas mostrai-lhes uma face radiante. -- Manuscrito 129, 1898. Conservar os filhos numa atmosfera adequada LA 197 1 As crianças precisam ser cuidadosamente acalmadas quando aflitas. Entre a infância e a idade adulta os filhos em geral não recebem a atenção que deviam receber. Necessitam-se mães que guiem seus filhos de maneira que se considerem parte da família. Fale a mãe com seus filhos sobre as esperanças e perplexidades deles. Lembrem-se os pais que seus filhos devem ser cuidados por eles em vez de por estranhos. Devem ser mantidos numa atmosfera ensolarada, sob a guia da mãe. -- Manuscrito 127, 1898. LA 197 2 Ajudai vossos filhos a alcançar vitórias. ... Rodeai-os com uma atmosfera de amor. Assim podereis subjugar sua obstinada disposição. -- Manuscrito 114, 1903. Quando os filhos necessitam mais de amor do que de alimento LA 197 3 Muitas mães, negligenciam vergonhosamente os filhos para que tenham tempo de bordar ou enfeitar desnecessariamente as roupinhas dos filhos. Quando estão cansados e realmente necessitados de seu cuidado, são negligenciados ou dá-se-lhes alguma coisa para comer. Eles não somente não necessitavam de alimento, como este foi lhes positivo dano. O que necessitavam era o doce abraço da mãe. Toda mãe deve ter tempo para dar aos filhos essas pequenas atenções tão necessárias durante a infância e a meninice. Assim poderiam as mães unir a si próprias o coração e a felicidade dos filhos. Ela é para eles o que Deus é para nós. -- Manuscrito 43, 1900. Desejos razoáveis LA 197 4 Deveis impressionar sempre vossos filhos com o fato de que os amais; que estais trabalhando no seu interesse; que a felicidade deles vos é muito cara; que apenas pretendeis fazer o que for para o bem deles. Deveis satisfazer-lhes os pequenos desejos sempre que razoavelmente o possais. -- Testimonies for the Church 4:140. LA 198 1 Nunca deveis agir por impulso no governo dos filhos. Misturai autoridade e afeição. Cultivai e acariciai tudo que é bom e amável e levai-os a desejar o mais alto bem, revelando Cristo a eles. Ao mesmo tempo que lhes negais o que lhes traria prejuízo, vejam que os amais e desejais fazê-los felizes. Quanto mais desamoráveis forem, mais deveis vos preocupar em revelar-lhes vosso amor. Quando a criança tem confiança de que desejais fazê-la feliz, o amor quebrará todas as barreiras. Este é o princípio do trato do Salvador com o homem; é o princípio que deve ser introduzido na igreja. -- Manuscrito 4, 1893. O amor deve ser manifesto LA 198 2 Há em muitas famílias a falta de expressar amor uns pelos outros. Conquanto não haja necessidade de sentimentalismo, há necessidade de manifestação de amor e ternura, de maneira inocente, pura, dignificante. Muitos cultivam absoluta dureza de coração, e em palavras e atos revelam o lado satânico do caráter. Terna afeição deve ser sempre nutrida entre marido e mulher, entre pais e filhos, irmãos e irmãs. Toda palavra ríspida deve ser contida, e não deve haver sequer aparência de falta de amor de uns pelos outros. É dever de todos na família ser amáveis e falar bondosamente. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. LA 198 3 Cultivai a ternura, afeição e amor que têm expressão em pequenas cortesias, em palavras e na solícita atenção. -- The Youth's Instructor, 21 de Abril de 1886. LA 198 4 A melhor maneira de ensinar os filhos a respeitar os pais é dar-lhes a oportunidade de ver o pai dar bondosa atenção à mãe e esta mostrar respeito e reverência pelo pai. É pelo contemplar o amor nos pais que os filhos são levados a obedecer o quinto mandamento e a aceitar a injunção: "Filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo." Efésios 6:1. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. O amor de Jesus deve ser visto nos pais LA 199 1 Havendo a mãe conquistado a confiança dos filhos e ensinado-lhes a amá-la e obedecer-lhe, deu-lhes a primeira lição na vida cristã. Devem eles amar o Salvador, obedecer-Lhe e nEle confiar, como confiam em seus pais e lhes obedecem. O amor que em fiel cuidado e correto ensino os pais manifestarem pelos filhos em certo grau refletirá o amor de Jesus por Seu fiel povo. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1911. ------------------------Capítulo 32 -- Ocupar previamente o jardim do coração Os pais como jardineiros LA 200 1 O Senhor confiou aos pais uma obra sagrada e solene. Devem cultivar cuidadosamente o solo do coração. Podem assim ser colaboradores de Deus. Ele espera que guardem e cultivem cuidadosamente o jardim do coração de seus filhos. Devem semear a boa semente, erradicando toda erva má. Cada defeito de caráter, cada falta na disposição, devem ser cortados; se permitidos permanecer, marearão a beleza do caráter. -- Manuscrito 138, 1898. LA 200 2 Pais, vosso lar é o primeiro campo a que sois chamados a trabalhar. As preciosas plantas do jardim do lar exigem vosso primeiro cuidado. É-vos indicado vigiar pelas almas como quem deve dar conta delas. Cuidadosamente considerai vosso trabalho, sua natureza, sua influência e resultados. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1886. LA 200 3 Tendes diante da própria porta pequena gleba de terra para cuidar, e Deus vos fará responsáveis por esta obra que vos pôs nas mãos. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. Cultivando o jardim LA 200 4 A prevalecente influência no mundo hoje é permitir que a juventude siga o curso natural de seu espírito. E se forem muito travessos na adolescência, dizem os pais que eles endireitarão depois de algum tempo, que aos dezesseis ou dezoito anos raciocinarão por si mesmos, deixarão seus maus hábitos e tornar-se-ão afinal homens e mulheres úteis. Grande erro! Permitem que durante anos o inimigo semeie no jardim do coração; experimentam no período do crescimento princípios errôneos, e em muitos casos todo o trabalho posterior feito nesse solo de nada valerá... LA 201 1 Alguns pais têm permitido que seus filhos formem hábitos errôneos, cujas marcas podem ser vistas durante o resto da vida. Sobre eles recai este pecado. Esses filhos podem professar ser cristãos; mas sem uma especial obra de graça no coração e uma completa reforma na vida, seus hábitos passados serão vistos em toda a sua experiência, e exibirão apenas o caráter que os pais lhes permitiram formar. -- Testimonies for the Church 1:403. LA 201 2 Não se devia permitir aos jovens aprender o bom e o mau indiscriminadamente, com a idéia de que com o tempo o bem predominará e o mal perderá sua influência. O mal aumentará mais depressa que o bem. É possível que depois de muitos anos o mal que aprenderam seja erradicado; mas quem se aventurará a isto? O tempo é curto. É mais fácil e muito mais seguro semear a semente pura e boa no coração dos filhos do que arrancar a erva má mais tarde. Impressões feitas no espírito dos jovens são difíceis de apagar. Quão importante, então, que essas impressões sejam da espécie desejável, que as faculdades elásticas da juventude sejam orientadas na direção certa. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 138, 139. Semeadura e cultivo LA 201 3 Nos primeiros anos da vida da criança o solo do coração deve ser cuidadosamente preparado para os chuveiros da graça de Deus. Então as sementes da verdade devem ser cuidadosamente semeadas e diligentemente cuidadas. E Deus, que recompensa cada esforço em Seu nome, insuflará vida à semente semeada; e aparecerá primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga. LA 202 4 Demasiadas vezes, em virtude da ímpia negligência dos pais, Satanás semeia sua semente no coração dos filhos, e uma colheita de vergonha e de tristezas é o resultado. O mundo está hoje destituído da verdadeira bondade, porque os pais têm deixado de unir os filhos a si no lar. Não têm evitado a associação deles com descuidados e negligentes. Daí irem os filhos para o mundo a semear a semente da morte. -- Manuscrito 49, 1901. LA 202 1 A grande obra de instrução, da eliminação das venenosas e daninhas ervas más, é das mais importantes. Pois se deixadas a si, essas ervas crescerão até dominar as plantas preciosas de princípio moral e de verdade. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. LA 202 2 Se o campo é deixado sem cultivo, é certo que aparecerá uma colheita de ervas nocivas e daninhas que será difícil exterminar. Portanto o solo deve ser trabalhado, e as ervas más subjugadas antes que as preciosas plantas possam ser cultivadas. Antes que as valiosas plantas logrem crescer, deve-se primeiro semear cuidadosamente a semente. Se as mães negligenciarem a semeadura da preciosa semente e ainda assim esperarem uma colheita de preciosos grãos, ficarão desapontadas; colherão espinhos e cardos. Satanás está sempre atento, preparado para semear sementes que germinarão e darão farta colheita segundo o seu caráter. -- Manuscrito 43, 1900. LA 202 3 Eterna vigilância deve ser mantida com respeito a nossos filhos. Com seus multiformes processos Satanás começa a atuar no temperamento e na vontade, tão logo nascem. Sua segurança depende da sabedoria e vigilante cuidado dos pais. Eles precisam apegar-se ao amor e temor de Deus a fim de ocupar previamente o jardim do coração, semeando a boa semente de um espírito reto, de hábitos corretos e do amor e temor de Deus. -- Manuscrito 7, 1899. Desdobrando a beleza natural LA 202 4 Os pais e os professores devem buscar com muita diligência aquela sabedoria que Jesus sempre está pronto a dar; pois estão lidando com mentes humanas no período mais interessante e impressionável de seu desenvolvimento. Eles devem ter em mira cultivar por tal forma as tendências dos jovens que, em cada estágio de sua vida possam apresentar a beleza natural própria daquele período, desdobrando-se gradualmente, como acontece com as plantas e flores do jardim. -- Testemunhos Selectos 2:463. ------------------------Capítulo 33 -- Promessas de guia divina A certeza da presença de um amigo divino LA 204 1 Vosso compassivo Redentor está vigiando sobre vós com amor e simpatia, pronto para ouvir vossas orações e dar-vos a assistência de que necessitais. Ele conhece o fardo de todo coração materno, sendo-lhes o melhor amigo em toda emergência. Seus braços eternos sustentam a mãe fiel e temente a Deus. Quando esteve na Terra, Ele teve uma mãe que muito lutou com a pobreza, com ansiedade e perplexidades, e simpatiza com cada mãe cristã em seus cuidados e ansiedades. Aquele Salvador que andou uma longa jornada para aliviar o ansioso coração de uma mãe cuja filha estava possessa de um espírito maligno, ouvirá a oração das mães e lhes abençoará os filhos. LA 204 2 Aquele que devolveu à viúva seu único filho ao ser este levado para a sepultura, sente-Se tocado hoje pelo ai das mães despojadas de seus filhos. Aquele que derramou lágrimas de simpatia junto à sepultura de Lázaro e devolveu a Marta e a Maria seu irmão já sepulto; que perdoou Maria Madalena; que não esqueceu Sua mãe quando em agonia suspenso na cruz; que apareceu às mulheres em pranto e fê-las mensageiras da primeira boa-nova do Salvador ressuscitado -- Ele é o melhor amigo da mulher hoje e está pronto a ajudá-la nas suas relações da vida. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886. LA 204 3 Trabalho algum pode equiparar-se ao da mãe cristã. Ela assume suas tarefas com a intuição do que significa criar seus filhos no temor e admoestação do Senhor. Não raro sentirá que sua carga é mais pesada do que ela pode levar; e como é precioso então o privilégio de levá-la toda em oração ao seu simpatizante Salvador. Ela pode depor seu fardo a Seus pés e em Sua presença encontra forças que a susterão e lhe darão alegria, coragem, esperança e sabedoria nas horas mais difíceis. Quão doce é para a mãe fatigada a consciência de que tem tal Amigo para todas as dificuldades! Se as mães fossem a Cristo mais freqüentemente e nEle confiassem mais plenamente, seu fardo seria mais leve, e elas encontrariam descanso para a sua alma. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. O Deus do céu ouve orações LA 205 1 Não podereis criar vossos filhos como desejaríeis sem o auxílio divino; pois a natureza caída de Adão sempre luta pela predominância. O coração deve ser preparado para os princípios da verdade, a fim de que enraízem na alma e encontrem nutrimento na vida. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. LA 205 2 Os pais podem compreender que ao seguirem a direção de Deus na educação de seus filhos, receberão ajuda do alto. Recebem mais benefício, pois enquanto ensinam, aprendem. Seus filhos alcançarão vitórias mediante o conhecimento que tiverem adquirido na observância do caminho do Senhor. São capacitados a vencer tendências naturais e hereditárias para o mal. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. LA 205 3 Pais, estais vós trabalhando com incansável energia em favor de vossos filhos? O Deus do Céu anota vossa solicitude, vosso fervente trabalho, vossa constante vigilância. Ele ouve vossas orações. Com paciência e bondade educai vossos filhos para o Senhor. Todo o Céu está interessado em vosso trabalho. ... Deus Se unirá convosco, coroando de sucesso vossos esforços. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1901. LA 205 4 Ao procurardes tornar claras as verdades concernentes à salvação, e encaminhar as crianças a Cristo como Salvador pessoal, os anjos estarão ao vosso lado. O Senhor dará aos pais e às mães graça para interessar os pequeninos na preciosa história do Infante de Belém, que é na verdade a esperança do mundo. -- O Desejado de Todas as Nações, 517. "Pedi e recebereis" LA 206 1 Em seu importante trabalho os pais devem pedir e receberão o auxílio divino. Ainda que o caráter, os hábitos e as práticas dos pais tenham sido lançados num molde inferior; mesmo que as lições a eles ministradas na infância e na juventude tenham levado ao desenvolvimento infeliz do caráter, não precisam desesperar-se. O poder convertedor de Deus pode transformar tendências herdadas e cultivadas; pois a religião de Jesus é dignificante. O "nascer de novo" (João 3:7) significa transformação, nova vida em Cristo Jesus. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. LA 206 2 Instruamos nossos filhos nos ensinos da Palavra. Se O chamardes, o Senhor vos responderá. Dir-vos-á: "Eis-Me aqui; que quereis que faça em vosso favor?" O Céu está ligado com a Terra a fim de que cada alma esteja capacitada a cumprir sua missão. O Senhor ama a Seus filhos. Ele deseja que cresçam com a compreensão do seu alto chamado. -- Manuscrito 31, 1909. O Espírito Santo guiará LA 206 3 A mãe deve sentir sua necessidade da guia do Espírito Santo, para que ela mesma possa ter uma experiência genuína de submissão ao caminho e vontade de Deus. Então, pela graça de Cristo, pode ser uma instrutora sábia, gentil, e amorável. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 128. LA 206 4 Cristo tomou providências para que cada pai que for controlado pelo Espírito Santo receba força e graça para ser um mestre no lar. Esta educação e disciplina no lar terá uma influência modeladora. -- Manuscrito 36, 1899. O poder divino se unirá com o esforço humano LA 206 5 Sem o esforço humano o poder divino é vão. Deus atuará com poder quando em confiante dependência dEle os pais despertarem para a sagrada responsabilidade que sobre eles repousa e procurarem educar os filhos retamente. Ele cooperará com os pais que cuidadosamente e com oração educarem os filhos, promovendo a salvação deles e a sua própria, e realizará neles o querer e o efetuar segundo a Sua vontade. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. LA 207 1 O esforço humano sozinho não resultará em benefício a vossos filhos na obtenção de um caráter perfeito para o Céu; mas com o divino auxílio uma grande e santa obra poderá ser realizada. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. LA 207 2 Quando, como pais, assumis vosso dever na força de Deus, com a firme determinação de jamais relaxar vossos esforços nem desertar de vosso posto de dever em procurar que vossos filhos sejam o que Deus quer que sejam, então Deus olha para vós com aprovação. Ele sabe que estais fazendo o melhor que podeis, e acrescentará vosso poder. Ele mesmo fará a parte de trabalho que a mãe e o pai não podem fazer, e trabalhará com os esforços sábios, pacientes e bem dirigidos da mãe temente. Pais, Deus não Se propõe fazer a obra que deixou para que façais em vosso lar. Não vos deveis entregar à indolência de servos negligentes, se quereis ver vossos filhos salvos dos perigos que os cercam no mundo. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1888. Apegar-se a Jesus quando vierem provas LA 207 3 Pais, apanhai os raios de luz divina que estão brilhando em vosso caminho. Andai na luz, como Cristo na luz está. Ao vos entregardes à obra de salvar vossos filhos e manter vossa posição no caminho da santidade, as mais provocantes provas sobrevirão. Mas não desanimeis. Apegai-vos a Jesus. Ele diz: "Que se apodere de Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. Dificuldades sobrevirão. Encontrareis obstáculos. Olhai constantemente para Jesus. Quando surge uma situação de emergência, perguntai: "Senhor, que hei de fazer?" -- Manuscrito 67, 1901. LA 208 1 Quanto mais dura a batalha, maior sua [dos pais] necessidade de auxílio do Pai celestial, e mais notável a vitória alcançada. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. Trabalhar com fé LA 208 2 Amorável e pacientemente, como fiéis mordomos da multiforme graça de Cristo, devem os pais fazer o trabalho que lhes é indicado. Deles se espera que sejam encontrados fiéis. Tudo deve ser feito em fé. Devem orar constantemente para que Deus conceda Sua graça a seus filhos. Jamais devem mostrar-se cansados, impacientes ou irritadiços em sua obra. Devem apegar-se intimamente com seus filhos e com Deus. Se os pais trabalharem com paciência e amor, esforçando-se fervorosamente por ajudar os filhos a alcançar a mais alta norma de pureza e modéstia, terão êxito. -- Manuscrito 138, 1898. ------------------------Capítulo 34 -- Posição e responsabilidade do pai A verdadeira definição de esposo LA 211 1 O lar é uma instituição de Deus. Ele designou que o círculo da família -- pai, mãe e filhos -- existisse neste mundo como uma firma. -- Manuscrito 36, 1899. LA 211 2 A tarefa de tornar o lar feliz não repousa sobre a mãe somente. O pai tem parte importante a desempenhar. O marido é o laço de união dos tesouros do lar, unindo mediante sua afeição devotada, forte, fervente, os membros da família -- mãe e filhos -- nos mais fortes laços de união. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. LA 211 3 Seu nome é definido como laço de união da família. ... Vi que poucos pais sentem sua responsabilidade. -- Testimonies for the Church 1:547. O pai como o chefe LA 211 4 O marido e pai é a cabeça da família. A esposa espera dele amor e interesse, bem como auxílio na educação dos filhos, e isso é justo. Os filhos pertencem-lhe, da mesma maneira que a ela, e sua felicidade igualmente lhe interessa. Os filhos esperam do pai apoio e guia; cumpre-lhe ter justa concepção da vida, e das influências e associações que devem rodear sua família; ele deve ser regido, acima de tudo, pelo amor e temor de Deus, e pelos ensinos de Sua Palavra, a fim de lhe ser possível guiar os pés dos filhos no caminho reto. ... LA 212 1 O pai deve fazer sua parte para tornar o lar feliz. Sejam quais forem seus cuidados e perplexidades nos negócios, não permita que estes ensombrem a família; deve penetrar em casa com sorrisos e palavras aprazíveis. -- A Ciência do Bom Viver, 390, 392. O legislador e sacerdote LA 212 2 Todos os membros da família se centralizam no pai. Ele é o legislador, ilustrando na própria varonilidade as importantes virtudes: energia, integridade, honestidade, paciência, coragem, diligência e prestatividade. O pai é em certo sentido o sacerdote da família, apresentando ante o altar de Deus o sacrifício da manhã e da tarde. A esposa e os filhos devem ser encorajados a unir-se nesta oferenda e também a participar dos cânticos de louvor. De manhã e de tarde o pai, como sacerdote da família, deve confessar a Deus os pecados cometidos por ele mesmo e pelos seus filhos durante o dia. Tanto os pecados de que se tem conhecimento, como aqueles que são secretos e que só Deus conhece devem ser confessados. Esse procedimento, zelosamente seguido pelo pai quando presente, ou pela mãe quando o pai está ausente, resultará em bênçãos sobre a família. -- Testimonies for the Church 2:701. LA 212 3 O pai representa o Legislador divino em sua família. É colaborador de Deus, promovendo os graciosos desígnios de Deus e estabelecendo em seus filhos elevados princípios, os quais capacitam-nos a formar caráter puro e virtuoso, porque tem ocupado previamente a alma com aquilo que capacitará seus filhos a render obediência não somente a seus pais terrestres, mas também ao Pai celestial. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. LA 212 4 O pai não deve trair seu sagrado depósito. Não deve ele em ponto algum ceder sua autoridade paterna. -- Carta 9, 1904. Andar com Deus LA 212 5 O pai... unirá seus filhos ao trono de Deus pela fé viva. Desconfiando de sua própria força, achegará sua alma desajudada a Jesus, apossando-se da força do Altíssimo. Irmãos, orai no lar, em família, de noite e de manhã; orai ferventemente em vosso retiro; e enquanto empenhados em vosso trabalho diário, erguei a alma a Deus em oração. Foi assim que Enoque andou com Deus. A oração silenciosa e fervente da alma elevar-se-á como incenso ao trono da graça e será aceitável a Deus como se oferecida no santuário. A todos que assim O buscam, Cristo Se tornará um auxílio presente em tempo de necessidade. Serão fortes no dia da adversidade. -- Testimonies for the Church 4:616. É exigida experiência amadurecida LA 213 1 O pai não deve ser como uma criança, movido apenas por impulso. Ele está ligado a sua família por laços sagrados e santos. -- Testimonies for the Church 1:547. LA 213 2 Sua influência no lar será determinada por seu conhecimento do único e verdadeiro Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou. "Quando eu era menino", diz Paulo, "falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino." 1 Coríntios 13:11. O pai deve estar à testa da família, não como um rapazote, um garoto indisciplinado, mas como um homem de caráter varonil, de paixões controladas. Deve ele obter educação em moral correta. Sua conduta na vida em família deve ser dirigida e restringida pelos princípios puros da Palavra de Deus. Então ele crescerá até à estatura de um homem em Cristo Jesus. -- Manuscrito 36, 1899. Submissão à vontade de Deus LA 213 3 Ao homem que é esposo e pai, eu diria: Estai certo de que uma atmosfera pura e santa circunde vossa alma. ... Deveis aprender diariamente de Cristo. Nunca, nunca deveis mostrar espírito tirânico no lar. O homem que assim procede está trabalhando em parceria com agentes satânicas. Levai vossa vontade em submissão à vontade de Deus. Fazei tudo que estiver em vosso poder para tornar a vida de vossa esposa aprazível e feliz. Tomai a Palavra de Deus como vossa conselheira. No lar vivei os ensinos da Palavra. Então havereis de vivê-los na igreja e os levareis convosco ao trabalho. Os princípios do Céu enobrecerão vossas transações. Anjos de Deus cooperarão convosco, ajudando-vos a revelar Cristo ao mundo. -- Carta 272, 1903. Oração apropriada para um pai de temperamento agitado LA 214 1 Não permitais que a agitação de vossos negócios leve trevas a vossa vida no lar. Se, ao ocorrerem pequenas coisas não exatamente como desejáveis, deixais de revelar paciência, longanimidade, amor e bondade, mostrais que não tendes escolhido como companheiro Aquele que tanto vos amou que deu a vida por vós, para que possais ser um com Ele. LA 214 2 Na vida diária topareis com surpresas súbitas, desapontamentos e tentações. Que diz a Palavra? "Resisti ao diabo" mediante firme confiança em Deus, "e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós." Tiago 4:7, 8. "Que se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. Olhai a Jesus todas as vezes e em todos os lugares, oferecendo de coração uma oração silenciosa para que possais saber como fazer Sua vontade. Assim, vindo o inimigo como uma inundação, o Espírito do Senhor erguerá contra ele por vós a Sua bandeira. Quando estais quase prontos a vos renderdes, a perder a paciência e o autocontrole, a ser duros e acusadores, críticos e denunciadores, eis o momento para enviardes ao Céu a oração: "Ajuda-me, ó Deus, a resistir à tentação, a expulsar do coração todo amargor, e ira e maledicência. Dá-me Tua mansidão, Tua humildade, Tua longanimidade e Teu amor. Não me deixes desonrar a meu Redentor, falsear as palavras e os motivos de minha esposa, de meus filhos e de meus irmãos e irmãs na fé. Ajuda-me para que eu possa ser bondoso, misericordioso, brando e perdoador. Ajuda-me a ser um verdadeiro laço de união no meu lar e a representar a outros o caráter de Cristo." -- Carta 105, 1893. Autoridade com humildade LA 215 1 Não é evidência de varonilidade demorar-se o esposo constantemente no fato de ser a cabeça da família. Não se lhe acrescenta respeito ser ouvido a citar as Escrituras a fim de sustentar seus reclamos de autoridade. Ele não se faz mais varonil por exigir de sua esposa, a mãe de seus filhos, que aceite os seus planos como se eles fossem infalíveis. O Senhor constituiu o marido como a cabeça da mulher, para ser-lhe protetor, o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma que Cristo é a cabeça da igreja, e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que alega amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão; assim exerça o esposo seu poder e imite a grande Cabeça da igreja. -- Carta 18b, 1891. ------------------------Capítulo 35 -- Participando dos encargos O dever do pai não pode ser transferido a outrem LA 216 1 O dever do pai para com seus filhos não pode ser transferido à mãe. Se ela cumpre o seu dever, já tem trabalho bastante. Unicamente trabalhando unidos podem pai e mãe dar desempenho à tarefa que Deus lhes pôs nas mãos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 69. LA 216 2 O pai não deve omitir-se de sua parte na obra de educar os filhos para a vida e imortalidade. Ele deve participar das responsabilidades. Há obrigações para ambos, pai e mãe. Pai e mãe devem manifestar respeito mútuo, se quiserem ver essas qualidades desenvolvidas em seus filhos. -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. LA 216 3 O pai deve encorajar e sustentar a mãe na sua obra de cuidado mediante alegre fisionomia e palavras bondosas. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. LA 216 4 Procurai ajudar vossa esposa no conflito que ela tem diante de si. Sede cuidadosos em vossas palavras, cultivai refinamento de maneiras, cortesia, gentileza, e sereis recompensados por fazê-lo. -- Testimonies for the Church 2:84. O trabalho prestado com alegria suaviza o fardo da mãe LA 216 5 Sejam quais forem seus deveres e perplexidades, leve o pai para o seu lar a mesma fisionomia sorridente e o mesmo agradável tom de voz com que durante todo o dia saudou a visitas e estranhos. A esposa deve sentir que pode contar com as grandes afeições do marido -- que seus braços a fortalecerão e susterão em toda sua atividade e cuidados, que sua influência sustentará a dela -- e seu fardo perderá metade do seu peso. Não são os filhos dele e dela igualmente? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 70. LA 217 1 A esposa pode entregar-se a tarefas que lhe pareçam de maior importância do que ajudar o marido em sua parte de responsabilidades; e o mesmo pode dizer-se do marido. Terna ministração tem valor. Há uma tendência da parte do marido de sentir-se livre para entrar e sair como se ele fosse em sua casa mais um hóspede que o chefe do círculo familiar. -- Manuscrito 80, 1898. LA 217 2 Os deveres domésticos são sagrados e importantes; no entanto são muitas vezes atendidos com cansativa monotonia. Os incontáveis cuidados e perplexidades tornam-se irritantes sem variedade de mudanças e agradável relaxação que o esposo e pai freqüentemente... tem em seu poder propiciar se ele quiser -- ou antes, se ele acha necessário, ou desejável fazê-lo. A vida da mãe nas humildes ocupações domésticas é de constante sacrifício, tornando-se mais dura se o marido deixa de apreciar as dificuldades da posição da esposa e não lhe dá o seu apoio. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. Mostrar consideração pela esposa LA 217 3 O marido deve manifestar grande interesse em sua família. Em especial, deve ser muito delicado para com os sentimentos de uma esposa débil. Ele pode cerrar a porta a muita doença. Palavras bondosas, joviais, animadoras, demonstrar-se-ão mais eficazes do que os melhores remédios. Elas darão ânimo ao coração do desalentado e abatido, e a felicidade e a luz solar introduzidas na família por meio de atos de bondade e de palavras animadoras, recompensarão multiplicadamente o esforço feito. LA 217 4 O marido deve lembrar que muito da responsabilidade de educar as crianças recai sobre a mãe; que ela tem muito que ver com o moldar-lhes o espírito. Isto deve chamar à atividade da parte dele os mais delicados sentimentos, fazendo-o aliviar cuidadosamente os fardos a sua esposa. Ele deve animá-la a descansar em sua ampla afeição, e encaminhar-lhe a mente ao Céu, onde há força e paz, e um repouso final para o cansado. Não deve voltar para casa com a fisionomia carregada, mas trazer com sua presença uma luz à família, e estimular a esposa a olhar para cima e confiar em Deus. Podem, unidos, invocar as promessas divinas, e atrair sobre a família Suas ricas bênçãos. -- Testemunhos Selectos 1:104, 105. Guiar mansamente LA 218 1 Muitos maridos e pais deveriam aprender uma útil lição do cuidado do fiel pastor. Jacó, sendo insistentemente convidado para fazer uma jornada penosa, respondeu: LA 218 2 "Estes filhos são tenros e... tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se as afadigarem somente um dia, todo o rebanho morrerá." Gênesis 33:13. "Eu irei como guia pouco a pouco, conforme ao passo do gado que está diante da minha face e conforme o passo dos meninos." Gênesis 33:14. LA 218 3 Na afadigosa estrada da vida, que o esposo e pai guie "pouco a pouco", segundo a resistência de sua companheira de jornada. Em meio da ansiosa precipitação do mundo em busca de riqueza e poder, aprenda a deter os seus passos, a confortar e prestar apoio àquela que foi convidada para caminhar ao seu lado. ... LA 218 4 Ajude o marido à esposa, mediante simpatia e constante afeto. Se ele a deseja conservar jovial e contente, de modo a ser no lar como um raio de sol, auxilie-a no fazer face às responsabilidades. Sua bondade e amorável cortesia serão para ela uma preciosa animação, e a felicidade que ele comunica lhe trará paz e alegria ao próprio coração. ... LA 219 5 Se a mãe é privada do cuidado e conforto que lhe devem ser proporcionados, se se consente gastar as forças em trabalho excessivo ou por ansiedade e tristeza, seus filhos são privados da força vital, da elasticidade mental e da jovialidade que poderiam herdar. Muito melhor seria tornar a vida da mãe feliz e contente, pô-la ao abrigo de necessidades, trabalho fatigante e deprimentes cuidados, fazendo com que os filhos herdem boa constituição, e possam abrir caminho na vida por suas próprias forças e energias. -- A Ciência do Bom Viver, 374. ------------------------Capítulo 36 -- Companheiro dos filhos Gastar tempo com os filhos LA 220 1 O pai perde em média muitas oportunidades áureas de atrair e prender a si os filhos. Ao retornar ao lar vindo do trabalho, ele deve achar uma agradável variação gastar algum tempo com os filhos. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. LA 220 2 Os pais devem desprender-se de sua falsa dignidade, negando a si mesmo alguma pequena satisfação em tempo e lazer, a fim de se associarem com os filhos, simpatizando com seus pequenos problemas, ligando-os a seu coração pelos fortes laços do amor, exercendo tal influência sobre sua mente em expansão que seus conselhos sejam considerados sagrados. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. Interessar-se de maneira especial pelos rapazes LA 220 3 O pai de meninos deve entrar em contato íntimo com seus filhos, dando-lhes o benefício de sua grande experiência, e falando com eles com tal simplicidade e ternura que os ligue ao seu coração. Deve deixá-los ver que ele tem em vista em todo o tempo, o maior interesse e felicidade deles. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 128. LA 220 4 Aquele que tem uma família de rapazes deve compreender que, seja qual for sua profissão, jamais deve negligenciar as almas postas sob seus cuidados. Ele pôs esses filhos no mundo, e tornou-se responsável diante de Deus a tudo fazer para desviá-los de associações não santificadas, de más companhias. Não deve deixar seus inquietos rapazes inteiramente aos cuidados da mãe. Este é um fardo por demais pesado para ela. Ele deve dispor as coisas de modo que favoreça os melhores interesses da mãe e dos filhos. Pode ser muito difícil para a mãe exercitar autocontrole e atuar com sabedoria na educação dos filhos. Se este é o caso, o pai deve sentir mais o peso em sua alma. Deve estar determinado a fazer os mais decididos esforços para salvar seus filhos. -- Manuscrito 79, 1901. Educar os filhos para que sejam prestativos LA 221 1 O pai, como cabeça da família, deve saber como educar os filhos para prestatividade e serviço. Esta é sua obra especial, sobre todas as demais. Durante os primeiros anos da vida de uma criança, o modelamento da disposição é tarefa especial da mãe; mas ela deve sentir sempre em sua obra que tem a cooperação do pai. Se ele está empenhado em negócios que quase o privam inteiramente de sua participação na família, devia procurar outro emprego que o não impedisse de devotar algum tempo aos filhos. Se ele os negligencia, é infiel ao encargo que Deus lhe confiou. LA 221 2 O pai pode exercer sobre os filhos uma influência que será mais forte que os atrativos do mundo. Ele deve estudar a disposição e caráter dos membros de seu pequeno círculo, a fim de poder compreender suas necessidades e perigos, e assim estar preparado para reprimir o erro e encorajar o direito. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. LA 221 3 Seja qual for o caráter de sua atividade, não é de tão grande importância que lhe sirva de escusas por negligenciar a obra de educar e preparar seus filhos a fim de se conservarem no caminho do Senhor. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. Familiarizar-se com a diversidade de temperamentos LA 221 4 O pai não deve absorver-se de tal maneira nos negócios da vida ou no estudo dos livros, que não possa ter tempo de estudar a natureza e necessidade de seus filhos. Deve auxiliar no descobrir meios pelos quais eles possam conservar-se ocupados com trabalho útil e agradável às suas disposições variadas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 127, 128. LA 222 1 Pais, dedicai tanto tempo quanto possível a vossos filhos. Procurai familiarizar-vos com seus diferentes caracteres, para que possais saber como educá-los em harmonia com a Palavra de Deus. Jamais saia de vossos lábios uma palavra de desencorajamento. Não leveis trevas para dentro do lar. Sede amorosos, bons e afetuosos para com vossos filhos, mas não absurdamente condescendentes. Deixai-os levar os seus pequenos desapontamentos, como todos necessitam fazer. Não os encorajeis a vir a vós com suas infantis queixas de uns contra os outros. Ensinai-os a suportarem-se mutuamente e a procurar conservar a confiança e o respeito mútuos. -- Manuscrito 60, 1903. Associar-se com eles no trabalho e nos brinquedos LA 222 2 Pais... combinai o afeto com a autoridade, a bondade e simpatia com a firme restrição. Dedicai a vossos filhos algumas de vossas horas de lazer; relacionai-vos com eles; associai-vos com eles em seus trabalhos e brinquedos e captai-lhes a confiança. Cultivai a camaradagem com eles, especialmente os meninos. Tornar-vos-eis, assim, uma forte influência para o bem. -- A Ciência do Bom Viver, 391, 392. Lições da natureza LA 222 3 Procure o pai aliviar a tarefa da mãe. ... Apontai-lhes [aos filhos] as belas flores, as árvores altaneiras, em cujas folhas podem eles considerar a obra e o amor de Deus. Deve ele ensinar-lhes que o Deus que fez todas essas coisas ama as coisas belas e boas. Cristo indicou a Seus discípulos os lírios do campo e os pássaros do ar, mostrando como Deus deles cuida, e apresentou isto como evidência de que Ele cuidará do homem, que é de maior importância que pássaros e flores. Dizei às crianças que seja qual for o tempo que possa ser gasto em arranjo pessoal, nossa aparência jamais se poderá comparar, em graça e beleza, com a mais singela flor do campo. Assim a mente deles pode ser levada do artificial para o natural. Eles podem aprender que Deus lhes deu todas essas belas coisas para alegria, e que deseja Lhe dêem a Ele suas melhores e mais santas afeições do coração. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 70. LA 223 1 O pai deve levá-los ao jardim e mostrar-lhes os botões que desabrocham e os diferentes matizes das flores. Por esse meio pode ele dar-lhes as mais importantes lições sobre o Criador, abrindo ante eles o grande livro da natureza, onde o amor de Deus está expresso em cada árvore, em cada flor e em cada folha de erva. Pode imprimir-lhes no espírito o fato de que se Deus assim cuida das árvores e das flores, muito mais cuidará das criaturas formadas segundo Sua imagem. Cedo pode levá-los a compreender que Deus quer que os filhos sejam adornados, não com exterioridades artificiais, mas com a beleza do caráter, as graças da bondade e afeição, que lhes farão o coração exultar de alegria e felicidade. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. ------------------------Capítulo 37 -- A espécie de marido que não se deve ser Encargo duplo para a esposa LA 224 1 Há na maioria das famílias filhos de várias idades, alguns dos quais necessitam não somente a atenção e sábia disciplina da mãe, mas também a mais severa, embora afetuosa, influência do pai. Poucos pais consideram esta questão na sua devida importância. Eles negligenciam o próprio dever e assim acumulam pesados encargos sobre a mãe, ao mesmo tempo que se sentem em liberdade de criticá-la e condenar-lhe as ações segundo o seu julgamento. Sob este senso opressor de responsabilidade e censura, a pobre esposa e mãe não raro experimenta culpas e remorsos pelo que fez inocente ou ignorantemente, e freqüentemente quando fizera o que melhor lhe fora possível nas circunstâncias. Contudo quando seus exaustivos esforços deviam ser apreciados e aprovados e ela sentir-se alegre, é ao contrário obrigada a andar sob uma nuvem de pesar e condenação porque seu esposo, ao mesmo tempo que ignora o próprio dever, espera que ela cumpra a parte de ambos de maneira satisfatória, sem considerar as circunstâncias desfavoráveis. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. LA 224 2 Muitos maridos não compreendem e não apreciam suficientemente os cuidados e perplexidades que suas esposas suportam, geralmente confinadas o dia todo à incessante rotina dos deveres domésticos. Freqüentemente eles retornam ao lar com a fisionomia carregada, não trazendo alegria ao círculo da família. Se a refeição não saiu na hora, a fadigada esposa, que é a um tempo, faxineira, enfermeira, cozinheira e ama, é saudada com censuras. O marido exigente pode condescender em tomar dos cansados braços da mãe a criança impertinente para que ela possa apressar o alimento da família; mas se a criança está inquieta, esperneia nos braços do pai, dificilmente ele compreenderá ser seu dever desempenhar o papel de ama e procurar acalmá-la. Ele não se demora a considerar quantas horas a mãe suportou a inquietude da criança, mas chama impaciente: "Mamãe, tome o seu filho." Não é de ambos o filho? Não está ele sob a natural obrigação de aceitar sua parte do fardo de criar os filhos? -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. Ditatorial e dominador LA 225 1 Tua vida seria muito mais feliz se não sentisses que estás investido de absoluta autoridade porque és marido e pai. Tua conduta mostra que interpretas mal tua posição de marido, isto é, laço de união do lar. És nervoso e ditatorial e muitas vezes manifestas grande falta de senso, de maneira que em qualquer tempo que considerares tua conduta nessas ocasiões, ela não pode parecer razoável para com tua esposa e teus filhos. Uma vez havendo tomado uma posição, raramente te mostras disposto a dela afastar-te. Estás determinado a executar teus planos, quando muitas vezes não estás seguindo reto curso e devias notá-lo. O que necessitas é mais, muito mais, de amor, de longanimidade, e menos de determinação de seguir tua maneira de sentir tanto em palavras como em obras. No curso que estás agora perseguindo, em vez de seres um laço de união da família, serás como um torno para comprimir e martirizar a outros. ... LA 225 2 Procurando forçar outros a seguir tuas idéias em todo sentido, muitas vezes fazes maior mal do que se abrisses mão desses pontos. Isto é verdade mesmo quando tuas idéias são corretas em si mesmas, mas não o são em muitas coisas; eles são sobrecarregados como resultado das peculiaridades de tua administração; assim inculcas as coisas erradas de maneira forte e irrazoável. -- Carta 19a, 1891. LA 226 1 Tens pontos de vista peculiares com respeito à orientação da família. Exerces um poder independente e arbitrário, que não permite liberdade a seu redor. Achas apto para ser líder em tua família e entendes que tua cabeça é suficiente para mover todos os membros, como uma máquina funciona nas mãos do operador. És ditatorial e assumes autoridade. Isso desagrada o Céu e entristece os compassivos anjos. Tens-te conduzido em tua família como se unicamente fosses capaz de governar por si mesmo. Ofendes-te se tua esposa se aventura a opor-se a tuas opiniões ou questione tuas decisões. -- Testimonies for the Church 2:253. Irritadiços e rixentos LA 226 2 Maridos, dai a vossas esposas uma oportunidade para sua vida espiritual. ... No que respeita a muitos a disposição de irritar-se é encorajada até que se tornam como crianças grandes. Não deixam este aspecto de sua vida infantil para trás. Acariciam esses sentimentos até que limitam e restringem o curso da vida por suas lamuriosas reclamações. E não somente sua própria vida, mas a vida de outros também. Levam consigo o espírito de Ismael, cuja mão era contra todos e a mão de todos contra ele. -- Carta 107, 1898. Egoístas e mal-humorados LA 226 3 O irmão B não é de um temperamento que leve alegria a sua família. Aqui está um bom lugar para ele começar a trabalhar. Ele é mais como uma nuvem do que como um raio de luz. É por demais egoísta para dizer palavras de aprovação a sua família, especialmente a um dentre os outros que deve ter seu amor e terno respeito. É mal-humorado, despótico, ditatorial; suas palavras freqüentemente são cortantes, e deixam uma ferida que ele não procura sarar suavizando o espírito, reconhecendo suas faltas e confessando o erro praticado. ... LA 227 1 O irmão B precisa abrandar-se; deve ele cultivar o refinamento e cortesia. Deve ser muito terno e amável para com sua esposa, que é sua igual em todos os sentidos; não deve proferir palavras que lancem sombra sobre o seu coração. Ele deve começar a obra de reforma no lar; deve cultivar a afeição e vencer os traços rudes e ásperos, insensíveis e egoístas de seu temperamento. -- Testimonies for the Church 4:36, 37. LA 227 2 O esposo e pai retraído, egoísta, despótico, não somente é infeliz em si mesmo, como lança sombras sobre todos os que o cercam em casa. Ele há de colher o resultado vendo a esposa desalentada e doentia, e os filhos manchados pelos desagradáveis traços de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 374, 375. Um marido egoísta e intolerante LA 227 3 Esperas demasiado de tua esposa e filhos. Censuras demais. Se encorajasses em vós mesmo um temperamento alegre e feliz e lhes falasses bondosa e ternamente, levarias para teu lar luz em vez de sombras, tristezas e infelicidade. Preocupas-te demasiado com tua opinião; tomas posições extremas, e não tens permitido que tua esposa tenha no seio de tua família o peso que deveria ter. Não tens encorajado o teu próprio respeito por tua esposa nem educado os filhos para que lhe respeitem o julgamento. Não a tendes feito tua igual, antes tens tomado em tuas mãos as rédeas do governo e controle, e as tens mantido firmemente. Não possuis disposição de afeição e simpatia. Necessitas cultivar esses traços de caráter se queres ser um vencedor e se desejas as bênçãos de Deus em tua família. -- Testimonies for the Church 4:255. Que despreza a cortesia cristã LA 228 1 Tens considerado como fraqueza o ser bondoso, terno e compassivo, pensando ser abaixo de tua dignidade falar terna, gentil e amavelmente a tua esposa. Aqui erras no conceito do que seja a verdadeira varonilidade e dignidade. A disposição de deixar por praticar atos de bondade, é manifestar fraqueza e defeito de teu caráter. Aquilo que olhas como fraqueza, Deus considera verdadeira cortesia cristã, que deve ser praticada por todo cristão; pois foi esse o espírito manifestado por Cristo. -- Testimonies for the Church 4:256. Os maridos devem merecer amor e afeição LA 228 2 Se o marido é tirânico, exigente, criticando os atos da esposa, não pode ele manter seu respeito e afeição, e a relação matrimonial lhe tornar-se-á odiosa. Não amará o marido, pois ele não procura tornar-se amável. Devem os maridos ser cuidadosos, atentos, constantes, fiéis e compassivos. Devem manifestar amor e simpatia. ... Quando o marido tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que deve possuir todo verdadeiro cristão isso será manifesto na relação matrimonial. ... Ele procurará conservar a esposa com boa saúde e ânimo. Esforçar-se-á por falar palavras de conforto, criar uma atmosfera de paz no círculo familiar. -- Manuscrito 17, 1891. ------------------------Capítulo 38 -- Posição e responsabilidades da mãe Sua igualdade com o marido LA 231 1 A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 77. LA 231 2 A esposa e mãe não deve sacrificar sua força e permitir fiquem inativas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido -- deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os aspectos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal juiz da nação. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. A rainha do lar LA 231 3 O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Ela tem em seu poder o modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais alta, imortal. Um anjo não desejaria missão mais elevada; pois em fazendo sua obra ela está realizando serviço para Deus. Compreenda ela tão-somente o elevado caráter de sua tarefa, e isto lhe inspirará coragem. Compreenda ela a dignidade de sua obra e tome toda a armadura de Deus, para que possa resistir a tentação de conformar-se aos padrões do mundo. Sua obra é para o tempo e a eternidade. -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. LA 232 1 A mãe é a rainha do lar, e os filhos são os seus súditos. Deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser excelsa; sua palavra, lei. Se é cristã sob o governo de Deus se imporá ao respeito dos filhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 111. LA 232 2 Os filhos devem ser ensinados a considerar sua mãe, não como uma escrava cujo trabalho seja servi-los, mas como uma rainha que deve guiá-los e dirigi-los, ensinando-os mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. -- Carta 272, 1903. Uma comparação de valores LA 232 3 A mãe raramente aprecia sua própria obra, e freqüentemente se põe tão baixo na estima de seu trabalho que o considera como servidão doméstica. Ela vive na mesma rotina dia a dia, semana a semana, com nenhum resultado especialmente marcante. Ao fim do dia não pode ela dizer quanta coisa terá realizado. Posta em contraste com as realizações do marido, ela sente que nada fez digno de nota. LA 232 4 O pai freqüentemente chega com um ar satisfeito e orgulhosamente passa em revista o que realizou durante o dia. Suas observações mostram que ele agora espera ser servido pela mãe, pois ela não fez muito exceto cuidar dos filhos, cozer o alimento e manter a casa em ordem. Ela não fez trabalho de comerciante, não comprou nem vendeu; não fez trabalho de agricultor, no preparo do solo; não trabalhou em mecânica -- logo não pode estar cansada. Ele critica, e censura, e impõe, como se fora o senhor da criação. E isto é de tudo o mais difícil para a esposa e mãe, porque ela de fato se cansou muito em seu posto de dever durante o dia, e no entanto não pode ver o que fez e está realmente fatigada. LA 233 1 Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. Trabalho indicado por Deus LA 233 2 Que cada mãe compreenda quão grandes são os seus deveres e suas responsabilidades e quão grande será a recompensa da fidelidade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910. LA 233 3 A mãe que alegremente assume os deveres que jazem diretamente em seu caminho sentirá que a vida para si é preciosa, porque Deus lhe deu uma obra a realizar. Nesta obra ela não precisa necessariamente comprimir o espírito nem permitir que seu intelecto se debilite. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. LA 233 4 O trabalho da mãe é-lhe dado por Deus, para que crie os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. O amor e temor de Deus devem estar sempre diante de seu tenro espírito. Quando corrigidos, devem ser ensinados a compreender que são admoestados por Deus, que Ele não tem prazer no engano, na mentira e nas más ações. Assim a mente dos pequenos pode estar tão associada com Deus que tudo que eles disserem e fizerem será em atenção a Sua glória; e no futuro eles não serão como uma cana ao vento, oscilando entre a inclinação e o dever. -- Good Health, Janeiro de 1880. LA 234 1 Levá-los a Jesus não é tudo quanto se requer. ... Esses filhos devem ser educados e treinados para se tornarem discípulos de Cristo, a fim de que "nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio". Salmos 144:12. Esta obra de modelar, refinar e polir pertence às mães. O caráter da criança deve ser desenvolvido. A mãe deve gravar nas tábuas do coração lições perduráveis como a eternidade; e acarretará sem dúvida sobre si o desprazer do Senhor se negligenciar sua sagrada obra ou permitir que outros nela interfiram. ... A mãe cristã tem sua obra apontada por Deus, a qual não negligenciará se estiver intimamente associada com Deus e imbuída de Seu Espírito. -- Good Health, Janeiro de 1880. Grande e nobre missão LA 234 2 Há oportunidades de inestimável valor, interesses infinitamente preciosos, confiados a toda a mãe. A humilde rotina dos deveres que as mulheres têm considerado como uma fastidiosa tarefa, deve ser encarada como obra grandiosa e nobre. É privilégio da mãe abençoar o mundo pela sua influência, e fazendo isto trará alegria ao seu próprio coração. Ela pode fazer retas veredas para os pés de seus filhos, através de claridade e sombra, em direção às alturas gloriosas do Céu. Mas, unicamente quando ela procura em sua vida seguir os ensinos de Cristo, é que a mãe pode esperar formar o caráter de seus filhos segundo o modelo divino. -- Patriarcas e Profetas, 572. LA 234 3 Em meio a todas as atividades da vida são os filhos o mais sagrado dever da mãe. Mas quantas vezes não é este dever posto de lado para que seja satisfeito algum desejo egoísta! Os pais estão encarregados dos interesses presentes e eternos de seus filhos. Devem sustentar as rédeas do governo e guiar sua casa para honra de Deus. A lei de Deus deve ser sua norma e o amor deve reger todas as coisas. -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. Nenhuma obra é maior nem mais santa LA 235 1 Quando homens casados vão para o trabalho, deixando suas esposas presidindo aos cuidados da casa, elas estão fazendo um serviço tão importante como o marido. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra... é sagrada e importante. O marido, lá fora, pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome junto com o dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem. -- Testemunhos Selectos 2:235, 236. LA 235 2 A mãe é o instrumento de Deus para tornar cristã sua família. Deve ela ser o exemplo de religião bíblica, mostrando como sua influência deve controlar-nos nas atividades e prazeres da vida diária, ensinando os filhos que somente pela graça podem ser salvos, através da fé, e que isto é um dom de Deus. Este constante ensinamento do que Cristo é para nós e para eles, Seu amor, Sua bondade, Sua misericórdia, revelados no grande plano da redenção, fará sobre o coração impressão sagrada e santificada. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. LA 235 3 A educação dos filhos constitui parte importante do plano de Deus para demonstrar o poder do cristianismo. Uma solene responsabilidade repousa sobre os pais de assim educar os filhos, de modo que quando saírem para o mundo, façam bem e não mal aos que com eles se associarem. -- Manuscrito 49, 1901. Cooperadora do pastor LA 236 1 O pastor tem seu setor de atividade e a mãe o seu. Ela deve levar os filhos a Jesus para que os abençoe. Deve estimar as palavras de Cristo e ensiná-las aos filhos. Desde o berço deve discipliná-los para que saibam controlar-se e sejam altruístas, para que adquiram hábitos de ordem e asseio. A mãe pode criar os filhos de molde a virem com o coração aberto e terno para ouvir as palavras dos servos de Deus. O Senhor tem necessidade de mães que em todo setor de atividade no lar desenvolvam os talentos que Deus lhes deu e preparem os filhos para a família do Céu. LA 236 2 O Senhor é servido mais, efetivamente mais, pelo fiel trabalho do lar do que por aquele que ensina a palavra. Tanto quanto os mestres na escola, devem os pais e mães sentir que são educadores dos filhos. -- Manuscrito 32, 1899. LA 236 3 A esfera de prestatividade da mãe cristã não deve ser estreitada por sua vida doméstica. A salutar influência que ela exerce no círculo do lar pode e fará sentir numa esfera de utilidade maior na sua vizinhança e na igreja de Deus. O lar não é uma prisão para a mãe e esposa devotada. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. Ela em uma missão na vida LA 236 4 Que a mulher compreenda a santidade de sua obra e, na força e temor de Deus, assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos a fim de que sejam úteis neste mundo e estejam aptos para o mundo melhor. Dirigimo-nos a mães cristãs. Apelamos a que sintais vossa responsabilidade como mães e vivais não para satisfazer-vos a vós mesmas, mas para glória de Deus. Cristo não Se agradou a Si mesmo, mas tomou sobre Si a forma de servo. -- Testimonies for the Church 3:565. LA 237 1 O mundo está repleto de influências corruptoras. A moda e os costumes exercem um forte poder sobre os jovens. Se a mãe falta em seu dever de instruir, guiar e restringir, seus filhos naturalmente aceitarão o mal, e se desviarão do bem. Que toda a mãe vá muitas vezes ao seu Salvador com a oração: "Ensina-nos, o que faremos pela criança?" Atenda ela à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e ser-lhe-á dada sabedoria conforme a necessitar. -- Patriarcas e Profetas, 573. Esculpindo à semelhança da divindade LA 237 2 Existe um Deus em cima no Céu, e a luz e glória do Seu trono repousam sobre a fiel mãe enquanto ela se esforça por educar os filhos para resistirem à influência do mal. Nenhuma outra obra pode se comparar à sua em importância. Ela não tem, como o artista, de pintar na tela uma bela forma, nem, como o escultor, de cinzelá-la no mármore. Não tem, como o escritor, de expressar um nobre pensamento em eloqüentes palavras, nem, como o músico, de exprimir em melodia um belo sentimento. Cumpre-lhe, com o auxílio divino, gravar na alma humana a imagem de Deus. LA 237 3 A mãe que sabe apreciar isso há de considerar as oportunidades que se lhe oferecem como inestimáveis. Zelosamente há de ela procurar, em seu próprio caráter e em seus métodos de educação, apresentar aos filhos o mais elevado ideal. Com zelo, paciência e ânimo, há de ela procurar desenvolver suas aptidões, de modo que empregue devidamente as mais altas faculdades de sua inteligência na educação dos filhos. Há de inquirir com sinceridade a cada passo: "Que disse Deus?" Estudará diligentemente Sua Palavra. Conservará os olhos fixos em Cristo, a fim de que sua vida diária, no humilde curso dos cuidados e deveres, seja um verdadeiro reflexo da única Vida verdadeira. -- A Ciência do Bom Viver, 377, 378. Inscrita no livro da fama imortal LA 238 1 Abnegação e a cruz são nossa porção. Aceitá-la-emos? Nenhum de nós deve esperar que, quando as últimas grandes provas nos sobrevierem, desenvolvamos então, num momento, por causa de nossa necessidade, um espírito de renúncia e patriotismo. Não, absolutamente. Esse espírito tem de ser amalgamado com as nossas experiências diárias, e incutido no espírito e coração de nossos filhos, tanto por preceito como pelo exemplo. As mães de Israel podem não ser elas mesmas guerreiras, mas poderão suscitar guerreiros que hão de cingir toda a armadura e ferir varonilmente as batalhas do Senhor. -- Testemunhos Selectos 2:30. LA 238 2 Mães, em grande medida o destino de vossos filhos está em vossas mãos. Se falhais na função, podeis levá-los para as fileiras do inimigo, tornando-os seus instrumentos na ruína das almas; mas por piedoso exemplo e fiel disciplina podeis levá-los a Cristo e torná-los instrumentos em Suas mãos para a salvação de muitas almas. -- The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. LA 238 3 Seu trabalho [das mães cristãs], se feito fielmente em Deus, será imortalizado. Os cultores da moda jamais verão ou compreenderão a beleza imortal da obra da mãe cristã, e escarnecerão de suas idéias arcaicas e de suas vestimentas simples e sem adornos, enquanto a Majestade do Céu escreverá o nome dessa fiel mãe no livro da fama imortal. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. Momentos inapreciáveis LA 238 4 Toda a vida futura de Moisés, a grande missão que ele cumpriu como líder de Israel, testificam da importância da obra de uma mãe cristã. Não há outro trabalho que possa igualar a este. ... Os pais deveriam dirigir a instrução e ensino de seus filhos enquanto muito pequenos, com o objetivo de poderem eles ser cristãos. São postos sob o nosso cuidado para serem ensinados, não como herdeiros do trono de um reino terrestre, mas como reis para Deus, a fim de reinarem pelos séculos eternos. LA 239 1 Que toda a mãe sinta serem inapreciáveis os seus momentos; sua obra será provada no dia solene do ajuste de contas. Achar-se-á então que muitos dos fracassos e crimes de homens e mulheres, resultaram da ignorância ou negligência daquelas cujo dever era guiar seus pés infantis no caminho direito. Ver-se-á então que muitos que têm abençoado o mundo com a luz da inteligência, da verdade ou da santidade, devem os princípios fundamentais de sua influência e êxito a uma mãe cristã que orava. -- Patriarcas e Profetas, 244. ------------------------Capítulo 39 -- Influência da mãe A influência alcança a eternidade LA 240 1 A esfera de atividade da mãe pode ser humilde; mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra. -- Good Health, Março de 1880. LA 240 2 A influência da mãe é incessante; e se essa influência está sempre do lado do direito, o caráter dos filhos testificará de seu valor e zelo moral. Seu sorriso, seu encorajamento, podem ser uma força inspiradora. Ela pode levar alegria ao coração do filho por uma palavra de amor, um sorriso de aprovação. ... LA 240 3 Quando sua influência atua no sentido da verdade, da virtude, quando ela é guiada pela divina sabedoria, que poder para Cristo será a sua vida! Sua influência atravessará o tempo alcançando a eternidade. Que pensamento este, de que o olhar, palavras e ações da mãe produzem fruto para a eternidade, e que a salvação ou ruína de muitas almas será o resultado de sua influência! -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. LA 240 4 Pouco imaginam as mães que sua influência no preparo dedicado dos filhos atravessa com tal poder as dificuldades desta vida alcançando a vida futura, imortal. Moldar o caráter segundo o Modelo celestial requer muita fé, atividade contínua e perseverante; mas vale a pena, pois Deus é o recompensador de todo esforço bem dirigido para assegurar a salvação de pessoas. -- Good Health, Julho de 1880. Tal mãe, tais filhos LA 240 5 O laço terrestre mais terno é o que existe entre mãe e filho. A criança é mais facilmente impressionada pela vida e exemplo da mãe do que do pai, por ser mais forte e mais terno o vínculo que os une. -- Testimonies for the Church 2:536. LA 241 1 Os pensamentos e sentimentos da mãe terão poderosa influência sobre o seu legado aos filhos. Se ela permite que sua mente se demore sobre seus próprios sentimentos, se tolera o egoísmo, se é irritadiça e exatora, a disposição dos filhos testificará deste fato. Assim muitos têm recebido como herança do berço tendências quase incontroláveis para o mal. O inimigo das almas compreende isto muito melhor que muitos pais. Ele procurará tentar a mãe, sabendo que se ela não resistir, poderá por intermédio dela afetar o filho. A única esperança da mãe está em Deus. Ela pode correr para Ele em busca de força e graça; e não O buscará em vão. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. LA 241 2 A mãe cristã deve estar amplamente desperta para discernir os perigos que cercam seu filho. Guardará sua própria alma em atmosfera pura e santa; regulará seu temperamento e princípios pela Palavra de Deus e cumprirá fielmente seu dever, vivendo acima de mesquinhas tentações que sempre a assaltarão. -- Carta 69, 1896. Influência de uma mãe paciente LA 241 3 Muitas vezes no dia é ouvido o chamado de mãe, mãe, primeiro a voz de um pequeno perturbado, depois a de outro. Em resposta, a mãe precisa atender aqui e ali a tais reclamos. Um está em dificuldade e necessita a cabeça sábia da mãe para livrá-lo de suas perplexidades. Outro está tão feliz com alguma descoberta que deseja que a mãe a veja, supondo que ela ficará tão contente quanto ele. Uma palavra de aprovação levará alegria ao coração durante horas. Muitos raios preciosos de luz e felicidade a mãe pode derramar aqui e ali entre seus amados filhinhos. Quão intimamente pode ela atar ao coração esses queridos, de maneira que sua presença seja para eles o mais cálido lugar do mundo. LA 242 1 Mas freqüentemente a paciência da mãe é sobrecarregada com essas numerosas pequenas provas que quase não parecem dignas de atenção. Mãos traquinas e pés inquietos criam uma grande quantidade de trabalho e perplexidade para a mãe. Ela tem de segurar firme as rédeas do domínio próprio, pois do contrário sairão de seus lábios palavras de impaciência. Muitas vezes ela chega quase a perder a cabeça, mas uma oração silenciosa a seu misericordioso Redentor acalma-lhe os nervos, e ela volta a controlar-se revelando calma dignidade. Ela fala com voz calma, mas custa-lhe esforço restringir palavras ásperas e subjugar sentimentos de revolta que, se expressos, destruiriam sua influência, a qual demandaria tempo readquirir. LA 242 2 A percepção das crianças é viva, e elas discernem o tom amorável e paciente da ordem imperiosa e impaciente que seca o orvalho do amor e afeição no coração dos filhos. A verdadeira mãe cristã não afastará de sua presença os seus filhos pela impaciência e falta de compreensivo amor. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. Modela mente e caráter LA 242 3 A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. Foi Joquebede, a hebréia que, fervorosa na fé, não temeu o "mandamento do rei" (Hebreus 11:23), a mãe de Moisés, libertador de Israel. Foi Ana, a mulher de oração e espírito abnegado, inspirada pelo Céu, que deu à luz Samuel, a criança divinamente instruída, juiz incorruptível, fundador das escolas sagradas de Israel. Foi Isabel, a parenta e o espírito-irmão de Maria de Nazaré, que gerou o precursor do Messias. -- A Ciência do Bom Viver, 372. O débito do mundo para com as mães LA 243 1 O dia de Deus revelará quanto o mundo deve a mães piedosas pelos homens que têm sido inflexíveis advogados da verdade e reforma -- homens que se têm mostrado ousados no aventurar-se, que permaneceram inamovíveis em meio a provas e tentações; homens que preferiram os altos e santos interesses da verdade e a glória de Deus a honras mundanas ou à própria vida. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910. LA 243 2 Mães, alertai-vos para o fato de que vossa influência e exemplo estão afetando o caráter e o destino de vossos filhos; e em vista de vossa responsabilidade, desenvolvei uma mente bem equilibrada e um caráter puro, que reflitam unicamente o verdadeiro, o bom e o belo. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886. ------------------------Capítulo 40 -- Conceito errôneo da função da mãe Tentada a sentir que sua obra é sem importância LA 244 1 O trabalho da mãe parece-lhe muitas vezes um serviço sem importância. É trabalho que raramente é apreciado. Outros pouco sabem de seus muitos cuidados e encargos. Seus dias estão ocupados com uma rotina de pequenos deveres, exigindo todos um esforço paciente, domínio próprio, tato, sabedoria e abnegado amor; todavia ela não pode jactar-se do que tem feito como sendo uma realização. Tão-somente tem cuidado, que as coisas no lar, corressem em boa ordem. Freqüentemente cansada e perplexa, tem procurado falar bondosamente às crianças, a fim de as conservar ocupadas e felizes, e guiar seus pezinhos no caminho reto. Ela julga que nada cumpriu. Mas não é assim. Anjos celestiais observam a mãe consumida de cuidados, notando os fardos que ela tem sobre si dia após dia. Seu nome pode não ser ouvido no mundo, mas está escrito no livro da vida do Cordeiro. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 144. LA 244 2 A verdadeira esposa e mãe... executará suas tarefas com dignidade e alegria, não considerando degradante fazer com suas próprias mãos o que é necessário fazer para um lar bem ordenado. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886. Considerado inferior ao trabalho missionário LA 244 3 Que obra importante! No entanto ouvimos mães suspirarem por trabalho missionário! Se elas tão-somente pudessem ir a algum país estrangeiro, haveriam de compreender que estão fazendo algo de valor. Mas assumir as tarefas diárias da vida do lar e levá-las avante parece-lhes uma atividade estafante e não reconhecida. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. LA 245 1 As mães que suspiram por um campo missionário têm um à mão em seu círculo doméstico. ... Não são as almas de seus próprios filhos tão valiosas quanto a dos pagãos? Com que cuidado e carinho não deviam elas vigiar seu crescimento mental, associando Deus a todos os seus pensamentos! Quem pode fazer isto tão bem como uma mãe amorosa e temente a Deus? -- Manuscrito 43, 1900. LA 245 2 Alguns há que pensam não estarem fazendo a vontade de Deus a menos que estejam diretamente associados ao trabalho religioso ativo; mas isto é um erro. Todos têm uma obra a fazer para o Mestre; é uma obra maravilhosa tornar o lar aprazível e fazer dele tudo que ele deve ser. Os mais humildes talentos, se o coração do que os recebe é entregue a Deus, tornarão a vida do lar tudo aquilo que Deus apreciaria. Brilhará fulgurante luz como resultado de sincero serviço a Deus. Homens e mulheres podem tão seguramente servir a Deus pelo considerar com fervor aquilo que ouviram, por ensinar seus filhos a viver no temor de ofender a Deus, quanto o pastor no púlpito. -- Manuscrito 42, 1899. LA 245 3 Essas mulheres que estão fazendo com pronta disposição o que suas mãos encontram para fazer, com alegria de espírito ajudando o esposo a levar seus fardos e educando os filhos para Deus, são missionárias no mais alto sentido. -- Testimonies for the Church 2:466. Atividades religiosas não devem sobrepor-se ao cuidado da família LA 245 4 Se ignorais vosso dever como esposa e mãe e estendeis vossa mão para que o Senhor nela ponha outra espécie de trabalho, estai certas de que Ele não Se contradirá; Ele vos aponta a tarefa que tendes a desempenhar no lar. Se imaginais que uma obra maior e mais santa que esta vos está confiada, laborais em engano. Pela fidelidade em vosso próprio lar, trabalhando pelas almas dos que vos estão mais próximo, podeis estar ganhando capacidade para trabalhar para Cristo numa esfera mais ampla. Mas estai certas de que os que estão negligenciando seu dever no círculo do lar não estão preparados para trabalhar por outras almas. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. LA 246 1 O Senhor não vos chamou para que negligencieis o lar, o marido e os filhos. Jamais age Ele desta maneira; jamais o fará. ... Não suponhais nem por um momento que Deus vos tenha dado uma tarefa que vos obrigue a separar-vos de vosso precioso pequeno rebanho. Não deixeis que se desmoralizem por associações impróprias e endureçam o coração contra sua mãe. Isto significaria projetar vossa luz de maneira totalmente errada; estais tornando mais difícil a vossos filhos tornarem-se o que Deus gostaria, e finalmente alcançar o Céu. Deus cuida deles, e assim deveis fazer, se vos considerais Suas filhas. -- Carta 28, 1890. LA 246 2 Durante os primeiros anos da vida é quando se deve agir, vigiar, orar e encorajar toda boa inclinação. Esta obra deve prosseguir sem interrupção. Podeis ser instadas a assistir às reuniões de mães e ao círculo de costuras, para que possais fazer trabalho missionário; mas a menos que possais deixar vossos filhos com um instrutor fiel e compreensivo, é vosso dever responder que o Senhor vos deu outra obra que não convém negligenciar. Não podeis acumular qualquer trabalho sem vos desqualificardes para a obra de educar os filhos e fazer deles aquilo que Deus deseja que sejam. Como coobreiras de Cristo, tendes de levá-los a Ele disciplinados e educados. -- Manuscrito 32, 1899. LA 246 3 Muitas das deformações de caráter mal disciplinado do filho jazem à porta da mãe. Não devem as mães aceitar na igreja cargos que as obriguem a negligenciar os filhos. A melhor obra em que uma mãe pode empenhar-se é ter cuidado de que se não dê nenhum ponto em falso na educação de seus filhos. ... LA 247 1 De nenhuma outra maneira pode a mãe melhor ajudar a igreja do que devotando seu tempo aos que dela dependem para instrução e educação. -- Manuscrito 75, 1901. Aspirações vãs de um campo missionário mais amplo LA 247 2 Algumas mães anseiam empenhar-se em trabalho missionário, enquanto negligenciam os deveres mais simples que estão diretamente em seu caminho. Os filhos são negligenciados, o lar não é feito um lugar alegre e feliz para a família, gritos e queixas tornam-se freqüentes, e os jovens crescem com o sentimento de que o lar é o menos convidativo de todos os lugares. Como conseqüência, anseiam com impaciência o tempo quando o deixarão, e é com pouca relutância que se lançam ao grande mundo, sem ter a restringi-los a influência e os ternos conselhos do lar. LA 247 3 Os pais, cujo alvo devia ter sido unir esses jovens corações a si e guiá-los no caminho reto, esbanjam as oportunidades dadas por Deus, são cegos aos mais importantes deveres de sua vida, e em vão aspiram trabalhar no vasto campo missionário. -- The Health Reformer, Outubro de 1876. ------------------------Capítulo 41 -- Modelos imperfeitos de mãe Mártir imaginária LA 248 1 Muitos lares tornam-se infelizes pelas reclamações inúteis da dona-de-casa, que abandona desgostosa as simples tarefas de sua despretensiosa vida doméstica. Ela olha para os cuidados e deveres de sua condição como durezas; e aquilo que, se feito com alegria não seria apenas agradável e interessante, mas proveitoso, torna-se a pior servidão. Ela considera com repugnância a escravidão de sua vida, e imagina-se uma mártir. LA 248 2 É certo que as rodas da máquina doméstica nem sempre giram suavemente; há muita coisa que prova a paciência e sobrecarrega as forças. Mas conquanto as mães não sejam responsáveis por condições sobre as quais elas não têm controle, é inútil negar que as circunstâncias afetam em grande medida as mães em sua carreira. Mas a sua condenação é o permitirem que as circunstâncias dominem e subvertam o princípio, quando se tornam entediadas e infiéis ao seu alto encargo e negligenciam seu conhecido dever. LA 248 3 A esposa e mãe que nobremente vence dificuldades sob que outros sucumbem por falta de paciência e firme perseverança, não somente torna-se forte ela mesma no cumprir seu dever, mas sua experiência em vencer tentações e obstáculos qualifica como eficiente auxílio a outros, tanto por palavra como por exemplo. Muitos que agem bem sob circunstâncias favoráveis parecem experimentar uma transformação de caráter sob adversidade e provas; eles se degeneram na proporção de suas provações. Deus jamais designou que fôssemos vítima das circunstâncias. -- The Signs of the Times, 29 de Novembro de 1877. Descontentamento pecaminoso LA 249 1 Muitíssimos esposos e filhos que nada consideram atrativo no lar, que continuamente são postos em face de rabugices e murmuração, procuram conforto e diversão fora do lar, nos bares ou em lugares de prazeres proibidos. A esposa e mãe, ocupada com os cuidados do lar, freqüentemente se descuida das pequenas atenções que fazem o lar um lugar de satisfação para o marido e para os filhos, mesmo que ela evite demorar-se em suas peculiares atribulações e dificuldades na presença deles. Enquanto ela está ocupada no preparo do que comer ou do que vestir, o marido e os filhos entram e saem como estranhos. LA 249 2 Ao mesmo tempo que a dona-de-casa pode executar com exatidão os seus deveres externos, pode estar continuamente queixando-se da escravidão a que está condenada, e exagerar suas responsabilidades e restrições pelo comparar sua sorte com o que ela idealiza como sendo a vida mais elevada da mulher. ... Ao mesmo passo em que ela está frustradamente suspirando por uma vida diferente, está nutrindo um descontentamento pecaminoso e tornando o lar muito desagradável para o esposo e filhos. -- The Signs of the Times, 29 de Novembro de 1877. Prazeres mundanos LA 249 3 Satanás tem preparado aprazíveis atrações tanto para os pais como para os filhos. Ele sabe que se puder exercer seu enganoso poder sobre as mães, terá muito a ganhar. Os caminhos do mundo são cheios de enganos, logros e misérias, mas são feitos aparecer convidativos: e se os filhos e jovens não são cuidadosamente educados e disciplinados, seguramente se extraviarão. Não possuindo princípios estáveis, lhes será difícil resistir à tentação. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. Encargos desnecessários LA 249 4 Muitas mães gastam tempo fazendo coisas sem importância. Dão toda a sua atenção a coisas temporais, e não se detêm para pensar no que é de interesse eterno. Quantas negligenciam os filhos, e estes crescem grosseiros, ríspidos, sem refinamento! -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. LA 250 1 Quando os pais, especialmente as mães, possuem verdadeiro senso da obra importante e de responsabilidade que Deus lhes deu, não se empenharão demasiado em assuntos que dizem respeito aos vizinhos, com os quais eles nada têm a ver. Não irão de casa em casa para se entregar a mexericos correntes, demorando-se nas faltas, erros e incoerências de seus vizinhos. Eles se sentirão tão sobrecarregados com o cuidado dos próprios filhos que não encontrarão tempo para levantar acusações contra seus vizinhos. -- Testimonies for the Church 2:466. LA 250 2 Se uma mulher volta-se para Deus em busca de força e conforto e em Seu temor procura cumprir seus deveres diários, conquistará o respeito e a confiança do marido e verá os filhos chegarem à maturidade como homens e mulheres honrados, com disposição moral para fazer o que é direito. Mas as mães que negligenciam as presentes oportunidades, e deixam sobre outros seus fardos e encargos, verificarão que suas responsabilidades permanecem as mesmas, e ceifarão em amargura o que semearam em descuido e negligência. Não há nesta vida casualidade; a colheita será determinada pelo caráter da semente semeada. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1911. ------------------------Capítulo 42 -- Saúde e aparência pessoal da mãe A saúde da mãe deve ser cuidada LA 251 1 As forças da mãe devem ser carinhosamente nutridas. Em lugar de gastar suas preciosas energias em excessivo trabalho, seus cuidados e encargos devem ser diminuídos. Freqüentemente o marido e pai desconhece as leis físicas de cuja compreensão depende a felicidade de sua família. Absorvido na luta pela subsistência, ou empenhado em adquirir fortuna e assoberbado de cuidados e perplexidades, ele consente que pesem sobre a mulher e mãe responsabilidades que lhe sobrecarregam as energias no período mais crítico, causando-lhe enfraquecimento e doença. -- A Ciência do Bom Viver, 373. LA 251 2 É de seu interesse, e de sua família, que ela evite um desnecessário acúmulo e use todos os meios ao seu alcance para preservar a vida, a saúde e as energias que Deus lhe deu; pois ela necessitará do vigor de todas as suas faculdades para sua grande obra. Uma parte do seu tempo deve ser gasta ao ar livre, em exercícios físicos, para que ela se possa revigorar e fazer seu trabalho em casa com alegria e inteireza, sendo a luz e a bênção do lar. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Advogar a reforma de saúde LA 251 3 A vontade de Deus tem sido claramente expressa a todas as mães; deseja Ele que elas, por preceito e exemplo, advoguem a reforma de saúde. Devem plantar seus pés firmemente no princípio, em caso algum violando as leis físicas que Deus lhes implantou no ser. "Assumindo posição por um propósito verdadeiro", com firme integridade, as mães terão poder moral e graça do Céu para deixar sua luz brilhar no mundo, tanto em sua própria vida reta, como no nobre caráter de seus filhos. -- Good Health, Fevereiro de 1880. Exercer domínio próprio no regime LA 252 1 A mãe necessita do mais perfeito domínio próprio; e para garanti-lo deve tomar toda precaução contra qualquer desordem física ou mental. Sua vida deve ser ordenada segundo as leis de Deus e da saúde. Como o regime afeta de forma profunda a mente e a disposição, ela deve ser muito cuidadosa neste particular, comendo o que é nutriente mas não estimulante, para que possa ter os nervos calmos e o temperamento sereno. Verificará que é então mais fácil exercer a paciência no trato com as variadas tendências de seus filhos e sustentar as rédeas do governo firme e amoravelmente. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Irradiar alegria sob todas as circunstâncias LA 252 2 A mãe pode e deve fazer muito no sentido de controlar os nervos e o espírito, quando deprimida; mesmo quando doente, ela pode, uma vez que se eduque, ser amável e contente, e pode suportar mais ruído do que pensara outrora ser possível. Ela não deve fazer os filhos sofrerem-lhe as enfermidades, e nublar-lhes o tenro e sensível espírito com suas depressões de espírito, fazendo-os achar que a casa é um túmulo, e o quarto da mãe o lugar mais triste do mundo. A mente e os nervos adquirem vigor e resistência pelo exercício da vontade. A força de vontade demonstrar-se-á em muitos casos poderoso calmante para os nervos. Não vos mostreis aos vossos filhos de fronte anuviada. -- Testemunhos Selectos 1:136. Considerar a estima do marido e dos filhos LA 252 3 As irmãs não deviam, quando no trabalho, usar vestidos que as façam parecer espantalhos para afugentar os pássaros da plantação. É mais aprazível para o esposo e os filhos vê-las em trajes que lhes assentem bem, do que seria às simples visitas e estranhos. Algumas esposas e mães pensam, parece, que não tem importância a sua aparência enquanto estão trabalhando, e onde sejam vistas apenas pelo marido e os filhos; são, porém, muito exigentes em vestir-se com bom gosto para os olhos dos que não têm direito especial sobre elas. Não é a estima e o amor do esposo e dos filhos mais para serem prezados do que os dos estranhos ou amigos comuns? A felicidade do marido e dos filhos deve ser mais sagrada a toda esposa e mãe que a de todos os outros. LA 253 1 Usai roupas apropriadas. Isto aumentará o respeito dos filhos por vossa pessoa. Vede que também eles se vistam de maneira conveniente. Não permitais que contraiam hábitos de desalinho. -- Carta 47a, 1902. Não escravizar-se a opiniões alheias LA 253 2 Muitas vezes as mães mostram uma sensibilidade mórbida quanto ao que outros pensam de seus hábitos, vestuário e opiniões; e, em grande medida, escravizam-se ao pensamento do juízo que outros farão dela. Não é uma triste coisa que tais criaturas a caminho do juízo sejam controladas mais pelo temor do que seus vizinhos pensam delas do que pelo pensamento de suas obrigações para com Deus? Nós muito freqüentemente sacrificamos a verdade para estarmos em harmonia com os costumes e evitarmos o ridículo. ... LA 253 3 Uma mãe não pode se permitir escravizar-se à opinião; pois ela deve educar seus filhos para esta vida e para a vida futura. No que respeita ao vestuário, as mães não devem procurar exibir desnecessária ornamentação. -- The Review and Herald, 31 de Março de 1891. Dar lições de asseio e pureza LA 253 4 Se as mães se permitem usar no lar vestidos em desalinho, estarão ensinando os filhos a se apresentarem assim igualmente desleixados. Muitas mães pensam que no lar qualquer roupa serve, esteja embora puída e encardida. Mas logo perdem sua influência na família. Os filhos estabelecem comparação entre o vestuário de sua mãe e o de outras que se vestem com distinção, e seu respeito por ela diminui. LA 254 1 Mães, apresentai-vos tão atrativas quanto possível; não por trabalhosos adornos, mas pelo vestuário limpo e bem modelado. Assim dareis a vossos filhos constantes lições de asseio e pureza. O amor e o respeito pelos filhos devem ser da mais alta importância para toda mãe. Tudo em sua pessoa deve ensinar limpeza e ordem e estar associado em sua mente com a pureza. Há um senso de retidão, uma idéia apropriada das coisas, na mente das crianças, mesmo as menores; e como podem elas ser impressionadas com o desejo de pureza e santidade quando seus olhos diariamente estão em vestidos desalinhados e aposentos em desordem? Como podem os hóspedes celestiais, cujo lar está onde tudo é puro e santo, serem convidados em tais habitações? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 143, 144. LA 254 2 Ordem e limpeza é a lei do Céu; e para estar em harmonia com o arranjo divino, é nosso dever ser asseados e ter bom gosto. -- Testimonies for the Church 4:142. ------------------------Capítulo 43 -- Influências pré-natais Devem as mulheres ser qualificadas para se tornarem mães LA 255 1 As mulheres necessitam de grande paciência antes que estejam qualificadas para se tornarem mães. Deus ordenou que elas sejam capacitadas para esta obra. O trabalho da mãe torna-se infinito em virtude de sua conexão com Cristo. Ele vai além da compreensão. O ofício da mulher é sagrado. A presença de Jesus é necessária no lar; pois o ministério de amor da mãe pode dar ao lar a semelhança de uma Betel. O marido e a esposa devem cooperar. Que mundo teríamos se todas as mães se consagrassem no altar de Deus, e consagrassem a Deus os seus filhos antes e depois do nascimento! -- Manuscrito 43, 1900. Importância das influências pré-natais LA 255 2 O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância; o Céu, porém, não o considera assim. A mensagem enviada por um anjo de Deus, e duas vezes dada da maneira mais solene, mostra que isto merece nossa mais atenta consideração. LA 255 3 Nas palavras dirigidas à mãe hebréia, Deus fala a todas as mães de todas as épocas. "De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela." Juízes 13:13. A felicidade da criança será afetada pelos hábitos da mãe. Seus apetites e paixões devem ser regidos por princípios. Existem coisas que lhe convém evitar, coisas a combater, se quer cumprir o desígnio de Deus a seu respeito ao dar-lhe um filho. -- A Ciência do Bom Viver, 372. LA 255 4 O mundo está cheio de laços para os pés da juventude. Multidões são atraídas por uma vida de egoísmo e prazeres sensuais. Não podem discernir os perigos ocultos, ou o terrível fim da senda que se lhes parece o caminho da felicidade. Mediante a condescendência com o apetite e a paixão desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar estas tentações. Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal. -- A Ciência do Bom Viver, 371. LA 256 1 Se antes do nascimento de seu filho, a mãe é condescendente consigo mesma, egoísta, impaciente e exigente, esses traços se refletirão na disposição da criança. Assim muitas crianças têm recebido como herança quase invencíveis tendências para o mal. LA 256 2 Mas se a mãe se atém sem reservas aos retos princípios, se é temperante e abnegada, bondosa, amável e esquecida de si mesma, ela pode transmitir ao filho os mesmos traços de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 372, 373. Necessidade de cuidado pré-natal LA 256 3 É um erro que geralmente se comete o não fazer qualquer diferença na vida de uma mulher antes do nascimentos de filhos. Neste importante período o trabalho da mãe deve ser aliviado. Grandes mudanças estão-se operando em seu organismo. Este requer maior quantidade de sangue, e conseqüentemente aumento em alimentos de qualidade a mais nutritiva para converter-se em sangue. A menos que ela tenha abundante suprimento de alimentos nutritivos, não poderá reter sua força física e seu filho fica privado de vitalidade. Suas roupas também demandam atenção. Deve-se tomar cuidado para proteger o corpo do frio. Não deve ela atrair desnecessariamente vitalidade à superfície a fim de suprir o que falta em suficiente vestuário. Se lhe falta abundância de alimento saudável, nutriente, ficará em deficiência na qualidade e quantidade do sangue. Sua circulação será pobre e o filho terá falta das mesmas coisas. Haverá na criança falta de capacidade para apropriar-se do alimento que possa converter em bom sangue para nutrição do organismo. A boa condição da mãe e do filho depende muito de roupas boas e quentes e de suprimento de alimento nutritivo. -- Testimonies for the Church 2:381, 382. LA 257 1 Deve exercer-se grande cuidado para tornar alegre e feliz o ambiente que circunda a mãe. O esposo e pai está sob a especial responsabilidade de fazer tudo que estiver em seu poder para aliviar a carga da esposa e mãe. Deve levar, tanto quanto possível, o fardo que representa a sua condição. Deve ser afável, cortês, bondoso, terno, e especialmente atencioso para com todos os seus desejos. Algumas mulheres que aguardam filho não recebem nem metade do cuidado que se dispensa a animais no estábulo. -- Testimonies for the Church 2:383. O apetite não é um guia seguro LA 257 2 A idéia de que a mulher, dada sua especial condição, deve deixar plena liberdade ao apetite é um erro baseado no costume, mas não no bom senso. O apetite da mulher nesta condição pode ser variável, caprichoso e difícil de ser satisfeito; e o costume permite-lhe ter tudo que sua fantasia deseje, sem consultar à razão se tal alimento pode suprir nutrimento ao corpo da mãe e crescimento ao filho. O alimento deve ser nutritivo, mas não de qualidade estimulante. ... Se há necessidade de simplicidade da dieta e cuidado especial quanto à qualidade do alimento, é neste importante período. LA 257 3 Mulheres que possuem princípio, e que são bem instruídas, não se afastarão da simplicidade do regime neste tempo principalmente. Considerarão que outra vida depende delas e serão cuidadosas em todos os seus hábitos e especialmente no regime. Não devem comer o que seja estimulante e desprovido de nutrimento, apenas porque é gostoso. Há muitos conselheiros prontos a persuadi-las a fazer coisas que a razão diz não dever serem feitas. Filhos enfermos nascem como resultado da satisfação do apetite pelos pais. ... LA 258 1 Se é levado ao estômago tanto alimento que os órgãos digestivos são compelidos a um trabalho excessivo a fim de dele dispor e libertar o organismo de substâncias irritantes, a mãe se prejudica a si mesma e põe os fundamentos para enfermidade da prole. Se ela escolhe comer o que gosta e o que a fantasia exige, sem considerar as conseqüências, levará as penalidades, mas não sozinha. Seu inocente filho tem de sofrer por causa de sua imprudência. -- Testimonies for the Church 2:382, 383. Domínio próprio e temperança LA 258 2 As necessidades físicas da mãe não devem de modo algum ser negligenciadas. Dela dependem duas vidas, e seus desejos devem ser bondosamente considerados, supridas generosamente suas necessidades. Mas neste tempo, mais que em qualquer outro, tanto no regime alimentar como em tudo mais, deve evitar qualquer coisa que possa enfraquecer-lhe o vigor físico ou mental. Pelo próprio mandamento de Deus, ela se encontra na mais solene obrigação de exercer domínio sobre si mesma. -- A Ciência do Bom Viver, 373. LA 258 3 A base de um caráter reto no futuro homem é firmada nos hábitos de estrita temperança da parte da mãe antes do nascimento do filho. ... Esta lição não deve ser considerada com indiferença. -- Good Health, Fevereiro de 1880. Disposição alegre e satisfeita LA 258 4 Toda mulher prestes a tornar-se mãe, seja qual for o seu ambiente, deve animar constantemente uma disposição feliz, alegre, contente, sabendo que por todos os seus esforços postos nesta direção será ela recompensada dez vezes mais no caráter tanto físico como moral do seu rebento. E isto não é tudo. Ela pode, pelo hábito, acostumar-se a pensamentos bem-humorados, e assim encorajar um feliz estado de espírito e lançar alegre reflexo de sua própria felicidade de espírito na família e nos que com ela se associam. E em grande medida sua saúde física melhorará. Um poder será comunicado às forças vitais, e o sangue não circulará lentamente, como seria o caso se ela se entregasse ao desânimo e tristeza. Sua saúde mental e moral é revigorada pela leveza de seu espírito. O poder da vontade pode resistir a impressões da mente e se provará grande tranqüilizador dos nervos. Os filhos que são privados desta vitalidade que deviam herdar dos pais devem receber o máximo cuidado. Por cerrada atenção às leis do seu ser, melhor condição destas coisas pode ser estabelecida. -- A Solemn Appeal, 123, 124. Atitude de paz e confiança LA 259 1 Aquela que espera tornar-se mãe deve conservar sua alma no amor de Deus. Seu espírito deve estar em paz; ela deve descansar no amor de Jesus, pondo em prática as palavras de Cristo. Deve lembrar-se de que a mãe é colaboradora de Deus. -- The Signs of the Times, 9 de Abril de 1896. ------------------------Capítulo 44 -- O cuidado das crianças pequenas Atitudes corretas para a mãe lactante LA 260 1 O melhor alimento para o bebê é o que lhe foi provido pela natureza. Não deveria, sem necessidade, ser dele privado. É falta de coração eximir-se a mãe, por amor da comodidade ou de diversões sociais, da delicada tarefa de amamentar o filhinho. -- A Ciência do Bom Viver, 383. LA 260 2 É crítico o período durante o qual o bebê recebe o alimento da mãe. Muitas mães, enquanto nutrem a criança, têm-se permitido trabalhar demais, estimulando o sangue ao cozinharem, o que tem afetado seriamente o bebê, não só pelo alimento febril recebido do seio da mãe, mas também porque seu sangue se tornou envenenado pelo regime insalubre daquela -- regime que lhe tem posto em estado febril todo o organismo, deste modo afetando o alimento do pequeno. Este é também afetado pela condição da mente da mãe. Se ela é infeliz, se facilmente se agita e se irrita, dando lugar a irrupções de paixão, o alimento que a criança recebe da mãe é inflamado, produzindo muitas vezes cólica, espasmos e, em alguns casos, convulsões e desmaios. LA 260 3 Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do alimento recebido da mãe. Quão importante, então, que a mãe, enquanto amamenta seu bebê, conserve um estado mental feliz, tendo o perfeito controle de seu espírito. Assim fazendo, não se prejudica o alimento da criança, e o procedimento calmo e dominado seguido pela mãe no cuidado do filho, tem muito que ver com o molde de seu espírito. Se o pequeno for nervoso, ficar agitado facilmente, as maneiras cuidadosas e calmas da mãe terão uma influência no sentido de abrandar e corrigir, e a saúde da criança muito poderá aproveitar. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 228. LA 261 1 Quanto mais sossegada e simples for a vida da criança, mais favorável será, tanto para seu desenvolvimento físico como mental. A mãe deve buscar estar, em todas as ocasiões, serena, calma, e na inteira posse de si mesma. -- A Ciência do Bom Viver, 381. O alimento não substitui a atenção LA 261 2 As crianças têm sido grandemente prejudicadas por tratamento impróprio. Se impertinentes, são geralmente alimentadas para calar-se, quando na maioria dos casos, a verdadeira razão é o haverem recebido demasiado alimento, havendo ficado prejudicadas pelos hábitos errôneos da mãe. Mais alimento apenas piora a situação, pois seu estômago já está abarrotado. LA 261 3 As crianças são geralmente criadas desde o berço para satisfazerem ao apetite, e são ensinadas que vivem para comer. A mãe faz muito para a formação do caráter dos filhos na infância. Ela pode ensiná-los a controlar o apetite, ou a serem condescendentes com o apetite, tornando-se glutões. A mãe muitas vezes faz planos para umas tantas tarefas durante o dia; e quando as crianças a incomodam, em vez de tomar tempo para amenizar-lhes suas pequenas mágoas, e distraí-las, dá-lhes às vezes de comer para que se aquietem, o que responde ao propósito por algum tempo, mas torna conseqüentemente a coisa pior. O estômago das crianças foi sobrecarregado com alimento, quando não tinha dele a mínima necessidade. Tudo o que se necessitava era um pouco do tempo e atenção da mãe. Mas ela considerou o seu tempo como demasiado precioso para devotá-lo ao interesse das crianças. Talvez o arranjo da casa de maneira atraente que arranque aplausos das visitas, ou o preparo do alimento no estilo da moda, sejam para ela de mais importância que a felicidade e a saúde de seus filhos. -- A Solemn Appeal, 125, 126. O alimento deve ser saudável e apetitoso, mas simples LA 262 1 O alimento deve ser tão simples que sua preparação não absorva todo o tempo da mãe. Deve tomar-se cuidado, é certo, para que a mesa seja suprida com alimento saudável e preparado de maneira agradável e convidativa. Não se pense que qualquer coisa que descuidadamente se prepare para servir como alimento seja suficientemente bom para as crianças. Mas menos tempo deve devotar-se ao preparo de pratos não saudáveis, para agradar o gosto pervertido e mais tempo à educação e preparo dos filhos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 141. Preparando o enxoval do recém-nascido LA 262 2 No preparo do guarda-roupa do nenê, deve ter-se em vista a conveniência, o conforto e a saúde, de preferência à moda e ao desejo de causar admiração. A mãe não deve desperdiçar tempo em bordados ou trabalhos de fantasias, para embelezar as pequeninas vestimentas, sobrecarregando-se assim de trabalho desnecessário, com detrimento de sua saúde e da do pequenino ser. Ela não deve se inclinar sobre costuras que exijam esforço fatigante dos olhos e dos nervos, numa época em que necessita de abundância de repouso e exercício agradável. Convém compreender sua obrigação de poupar as forças, de modo a poder suportar o que dela é exigido. -- A Ciência do Bom Viver, 381, 382. Garantir limpeza, aquecimento e ar fresco LA 262 3 As criancinhas precisam de calor, mas comete-se freqüentemente um erro, conservando-as em aposentos demasiado aquecidos, privados em alto grau de ar fresco. ... LA 262 4 O nenê deve ser mantido ao abrigo de toda influência que tenda a enfraquecer ou envenenar-lhe o organismo. Dever-se-ia ter o mais escrupuloso cuidado em manter tudo que o cerca asseado e aprazível. Conquanto seja necessário proteger os pequeninos de repentinas e fortes mudanças de temperatura, convém cuidarem que, dormindo ou despertos, dia e noite, eles respirem ar puro revigorante. -- A Ciência do Bom Viver, 381. O cuidado da criança na enfermidade LA 263 1 Em muitos casos as doenças infantis têm sua origem nos erros cometidos na maneira de as cuidar. Irregularidade na alimentação, deficiência no vestuário nas tardes frias, falta de vigoroso exercício para manter o sangue em saudável circulação, ou falta de abundância de ar puro à purificação desse mesmo sangue, podem ser a causa da perturbação. Estudem os pais a fim de ver as causas da doença, e modifiquem então as más condições o mais depressa possível. LA 263 2 Está ao alcance de todos os pais aprender muito sobre o cuidado e prevenção, e mesmo o tratamento das doenças. A mãe, especialmente, deve saber o que fazer nos casos comuns de doença na família. Deve saber a maneira de tratar o filho doente. Seu amor e percepção devem habilitá-la para prestar-lhe serviços que não deveriam ser confiados a mãos estranhas. -- A Ciência do Bom Viver, 385. ------------------------Capítulo 45 -- O primeiro dever da mãe é educar os filhos Possibilidades de uma criança bem-educada LA 264 1 Deus vê todas as possibilidades nesse pedacinho de gente. Ele sabe que com a devida educação a criança se tornará uma força para o bem no mundo. Ele observa com ansioso interesse para ver se os pais executarão Seu plano ou se por exagerada bondade destruirão Seu propósito, mostrando para com a criança indulgência que gerará sua ruína presente e eterna. Transformar um ser aparentemente insignificante e desvalido numa bênção para o mundo e uma honra para Deus é grande, elevada obra. Não devem os pais permitir que nada se interponha entre eles e suas obrigações para os filhos. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. Uma obra para Deus e a pátria LA 264 2 Os que guardam a lei de Deus olham para os filhos com indefiníveis sentimentos de esperança e temor, interrogando-se a si mesmos quanto a que parte desempenharão no grande conflito que está precisamente diante deles. A mãe ansiosa interroga: "Que posição tomarão eles? Que posso fazer para prepará-los para que desempenhem sua parte, de maneira que sejam recipientes de eterna glória?" Grandes responsabilidades repousam sobre vós, mães. Embora não possais ter posição em concílios nacionais... podeis fazer uma grande obra para Deus e vosso país. Podeis educar vossos filhos. Podeis ajudá-los a desenvolver caráter que não seja inclinado nem influenciado para fazer o mal e ainda leve outros a fazer o que é reto. Por vossas ferventes orações de fé podeis mover o braço que move o mundo. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. LA 265 1 É na meninice e na juventude que deve ser dada a instrução. As crianças devem ser educadas para serem úteis. Devem ser ensinadas a fazer o que seja necessário no lar; e os pais devem tornar essas tarefas tão agradáveis quanto possíveis mediante palavras bondosas de instrução e aprovação. -- Manuscrito 12, 1898. A educação do lar negligenciada por muitos LA 265 2 Não obstante o alardeado progresso feito nos métodos educacionais, o ensino das crianças no presente é tristemente deficiente. É a educação do lar que é negligenciada. Os pais, e especialmente as mães, não sentem sua responsabilidade. Não possuem nem a paciência para instruir nem a sabedoria para controlar os pequenos confiados a sua guarda. -- The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. LA 265 3 Infelizmente é verdade que as mães não estão firmes em seu posto de dever, fiéis a sua posição de mães. Deus não exige de nós nada que não possamos em Sua força realizar, nada que não seja para o nosso próprio bem e o bem de nossos filhos. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Devem as mães buscar auxílio divino LA 265 4 Se as mães tão-somente sentissem a importância de sua missão, se dedicariam muito à oração secreta, apresentando seus filhos a Jesus, implorando sobre eles Suas bênçãos e suplicando sabedoria para desincumbir-se retamente de seus sagrados deveres. Aproveite a mãe toda oportunidade para ajustar e moldar a disposição e hábitos de seus filhos. Vigie ela cuidadosamente o desenvolvimento do caráter, reprimindo traços que são demasiado proeminentes, encorajando os que são deficientes. Faça ela de sua própria vida puro e nobre exemplo a seu precioso rebanho. LA 265 5 A mãe deve assumir sua obra com coragem e energia, confiando sempre no divino auxílio em todos os seus esforços. Jamais deve descansar satisfeita até que veja em seus filhos uma gradual elevação de caráter, até que eles tenham na vida um objetivo mais alto que meramente buscar sua própria satisfação. -- The Signs of the Times, 25 de Maio de 1882. LA 266 1 É impossível calcular o poder da influência de uma mãe que ora. Ela reconhece Deus em todos os seus caminhos. Leva seus filhos ante o trono de graça e apresenta-os a Jesus, suplicando sobre eles Suas bênçãos. A influência dessas orações é para esses filhos como "fonte de vida". Essas orações, oferecidas em fé, são o sustento e a força da mãe cristã. Negligenciar o dever da oração com nossos filhos é perder uma das maiores bênçãos ao nosso alcance, um dos maiores auxílios em meio às perplexidades, cuidados e fardos de nossa suprema tarefa. -- Good Health, Julho de 1880. LA 266 2 O poder das orações de uma mãe não pode ser demasiadamente estimado. Aquela que se ajoelha ao lado do filho ou filha, em suas dificuldades da infância, nos perigos de sua juventude, não saberá senão no juízo a influência de suas orações sobre a vida de seus filhos. Se ela está pela fé associada ao Filho de Deus, a terna mão da mãe pode afastar o filho do poder da tentação, pode conter a filha de cair em pecado. Quando a paixão está lutando para dominar, o poder do amor, a influência restritora, fervente, determinada da mãe, pode fazer baixar a balança para o lado do direito. -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. Quando visitas interrompem LA 266 3 Deveis tomar tempo para falar e orar com vossos pequenos, e não deveis permitir que nada interrompa esta ocasião de comunhão com Deus e com vossos filhos. Podeis dizer às vossas visitas: "Deus me deu uma obra a fazer, e não disponho de tempo para tagarelar." Deveis compreender que tendes uma obra a fazer para o tempo e a eternidade. Vossa primeira obrigação é para com vossos filhos. -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. LA 267 1 Antes das visitas, antes de qualquer outra consideração, estão vossos filhos. ... O cuidado devido a vossos filhos em seus primeiros anos não admite negligência. Não há na vida deles tempo em que a regra pode ser esquecida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 129. LA 267 2 Não os envieis porta fora para que possais fazer sala às visitas, mas ensinai-os a se portarem em silêncio e respeito na presença das visitas. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899. Mães, modelos de bondade e nobreza LA 267 3 Mães, cuidai de vossos preciosos momentos. Lembrai-vos de que vossos filhos talvez estejam passando para além do alcance de vossa educação e instrução. Podeis ser para eles o modelo mesmo de tudo que é bom, puro e nobre. Identificai vossos interesses com os seus. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. LA 267 4 Se em tudo o mais falhardes, sede completas, sede eficientes, aqui. Se vossos filhos saírem da instrução do lar puros e virtuosos, se preencherem o menor, o mais humilde lugar no grande plano de Deus em fazer bem ao mundo, jamais se poderá chamar um fracasso a vossa vida e jamais será ela lembrada com remorso. -- Testimonies for the Church 5:44. LA 267 5 As crianças são para a mãe um espelho em que ela pode ver refletidos seus hábitos e comportamento. Quão cuidadosa, então, deve ser a linguagem, bem como seu comportamento, na presença desses pequenos aprendizes! Os traços de caráter que ela desejar ver desenvolvidos neles, deve cultivá-los em si mesma. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886. Alvo mais elevado que as normas do mundo LA 267 6 A mãe não deve ser governada pelas opiniões do mundo, nem esforçar-se por alcançar suas normas. Ela deve decidir por si qual o grande fim e objetivo da vida e então empregar todos os seus esforços para alcançar esse fim. Ela pode, por falta de tempo, negligenciar muita coisa em relação a sua casa, sem maus resultados sérios; mas não pode impunemente negligenciar a necessária disciplina de seus filhos. O caráter imperfeito destes manifestará sua infidelidade. O mal que ela permite passar sem correção, as maneiras rudes e descorteses, o desrespeito e a desobediência, os hábitos de indolência e desatenção, redundarão em desonra sobre ela e lhe amargurarão a vida. Mães, o destino de vossos filhos está em grande medida em vossas mãos. Se falhais no cumprimento do dever, podereis pô-los nas fileiras de Satanás, tornando-os seus agentes na ruína de outras almas. Por outro lado vossa fiel disciplina e piedoso exemplo pode levá-los a Cristo, e eles por seu turno influenciarão outros, e assim muitas almas serão salvas por meio de vós como instrumentos. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Cultivar o bem; reprimir o mal LA 268 1 Os pais devem cooperar com Deus, levando os filhos ao Seu amor e temor. Não podem desgostá-Lo mais do que pelo negligenciar a correta educação dos filhos. ... Devem vigiar cuidadosamente as palavras e ações de seus pequenos, se não querem que o inimigo ganhe influência sobre eles. Isto ele está intensamente desejoso de fazer, a fim de poder contrariar o propósito de Deus. Bondosa, interessada e ternamente, devem os pais trabalhar por seus filhos, cultivando todo bom traço e reprimindo cada traço mau que se desenvolve no caráter de seus pequenos. -- Manuscrito 49, 1901. A recompensa do trabalho LA 268 2 Os filhos são a herança do Senhor e Lhe somos responsáveis pela administração de Sua propriedade. ... A educação e instrução dos filhos para serem cristãos é o mais elevado serviço que os pais podem prestar a Deus. É uma tarefa que requer paciente labor -- esforço de toda a vida, diligente e perseverante. Pela negligência deste trabalho a nós confiado provamo-nos mordomos infiéis. ... LA 269 1 Trabalhem igualmente os pais para a família com amor, fé e oração, até que possam ir a Deus com alegria e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isaías 8:18. -- Parábolas de Jesus, 195, 196. ------------------------Capítulo 46 -- A madrasta Conselho a uma madrasta LA 270 1 Teu casamento com quem é pai se provará uma bênção. ... Estavas em perigo de te tornares egocêntrica. Tens preciosos traços de caráter que devem ser despertados e exercitados. ... Graças a essas novas relações alcançarás uma experiência que te ensinará a tratar com pessoas. Pelo cuidado com crianças desenvolver-se-ão a afeição, amor e ternura. As responsabilidades que sobre ti repousam em tua família serão o meio de virem a ti grandes bênçãos. Essas crianças poderão ser-te um livro de preciosas lições. Elas te trarão grandes bênçãos se nelas leres bem. A seqüência de pensamentos despertada pelo cuidado para com elas porá em movimento a ternura, amor e simpatia. Embora essas crianças não sejam parte de tua carne e sangue, tornaram-se não obstante tuas, pelo teu casamento com seu pai, para serem amadas, acariciadas, instruídas e auxiliadas por ti. Tua associação com elas exercitarão pensamentos e planos que te serão de genuíno benefício. ... Pela experiência que alcançarás em teu lar, perderás as idéias egocêntricas que ameaçavam macular teus trabalhos e mudarão planos implantados que precisavam ser abrandados e dominados. ... LA 270 2 Precisas desenvolver mais ternura e mais simpatia, a fim de poderes te aproximar dos que necessitam de palavras bondosas, compassivas e amáveis. Teus pequenos te despertarão esses traços de caráter e te ajudarão a desenvolver largueza de espírito e discernimento. Mediante amorável associação com eles, aprenderás a ser mais afetuosa, e mostrar mais simpatia em teu ministério pela humanidade sofredora. -- Carta 329, 1904. Reprovação a uma madrasta destituída de amor LA 271 1 Amavas teu marido e casaste com ele. Sabias que quando o desposaste, concordaste em te tornares uma mãe para seus filhos. Mas eu vi falta de tua parte nesta questão. És penosamente deficiente. Não amas os filhos de teu marido, e a menos que haja completa mudança, total reforma em ti e em tua maneira de governar, essas preciosas jóias serão arruinadas. Amor, manifestação de afeição, não é parte de tua disciplina. ... LA 271 2 Estás tornando muito amarga a vida dessas queridas crianças, especialmente da menina. Onde está a afeição, o cuidadoso amor, a paciente tolerância? O ódio vive mais que o amor em teu coração não santificado. De teus lábios cai a censura mais que o louvor e o encorajamento. Tuas maneiras, teus métodos ríspidos, tua natureza destituída de simpatia são para essa sensível filha arrasadores como saraiva sobre a tenra planta; esta verga a cada rajada, até que sua vida é extinta, e ela jaz contundida e quebrada. LA 271 3 Tua administração está secando completamente o canal do amor, da esperança e da alegria em tuas crianças. Uma permanente tristeza se espelha na fisionomia da menina, mas, em lugar de te despertar simpatia e amor, desperta tua impaciência e positivo desgosto. Podes mudar essa expressão para ânimo e alegria, se o desejares. ... LA 271 4 As crianças lêem a fisionomia da mãe; percebem se amor ou aversão estão aí expressos. Não sabes a obra que estás fazendo. Não desperta piedade o rostinho entristecido, o arquejante suspiro que brota do coração oprimido em seu ardente apelo por amor? -- Testimonies for the Church 2:56-58. Resultados de severidade excessiva LA 271 5 Tempos atrás foi-me mostrado o caso de J. Seus erros e faltas foram fielmente retratados diante dela; mas na última oportunidade que me foi dada vi que os erros ainda existem, que ela é fria e desamorável para com os filhos de seu marido. Correção e reprovação não são feitas por ela apenas por ofensas graves, mas também por questões triviais que deviam passar despercebidas. Buscar faltas constantemente é um erro, e o Espírito de Cristo não pode habitar num coração onde isto exista. Ela está disposta a passar por alto o bem em suas crianças sem uma palavra de louvor, mas está sempre pronta a abrir-se em censuras se qualquer erro é visto. Isto sempre desencoraja as crianças e leva-as a hábitos de negligência. Anima o mal no coração e leva-o a lançar de si lodo e lama. Nas crianças que são habitualmente censuradas nascerá o espírito de "não me importa", e as más paixões freqüentemente se manifestarão, sem se preocupar com as conseqüências. ... LA 272 1 A irmã J. deve cultivar amor e simpatia. Deve manifestar terna afeição pelas crianças sem mãe que estão sob seu cuidado. Isto seria uma bênção para esses filhos do amor de Deus e haveria de refletir-se nela em afeição e amor. -- Testimonies for the Church 3:531, 532. Quando se faz necessário duplo cuidado LA 272 2 Crianças que perderam o ente em cujo seio flui o amor maternal perderam aquilo que não pode jamais ser suprido. Mas quando alguém se aventura a ocupar o lugar da mãe para com esse pequeno rebanho ferido, assume o cuidado e a responsabilidade de ser, se possível, mais amorosa, menos pronta para censuras e ameaças do que o seria a própria mãe, suprindo assim a perda que o pequeno rebanho experimentou. -- Testimonies for the Church 2:58. ------------------------Capítulo 47 -- Encorajamento de Cristo às mães Jesus abençoou as crianças LA 273 1 No tempo de Cristo as mães levaram-Lhe seus filhos para que lhes impusesse as mãos e os abençoasse. Por este ato mostraram sua fé em Jesus e a intensa ansiedade do seu coração pelo bem-estar presente e futuro dos pequenos confiados a seu cuidado. Mas os discípulos não viram a necessidade de interromper o Mestre apenas para que notasse as crianças, e como estivessem afastando as mães, Jesus repreendeu os discípulos e ordenou à multidão que abrisse caminho para essas fiéis mães com seus filhinhos. Disse Ele: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Lucas 18:16. LA 273 2 Ao passarem as mães ao longo da poenta estrada e aproximarem-se do Salvador, Ele viu a inadvertida lágrima e o trêmulo lábio como se oferecessem uma oração em favor dos filhos. Ouviu as palavras de repreensão dos discípulos e prontamente retificou a ordem. Seu grande coração de amor estava aberto para receber as crianças. Uma após outra, Ele tomou-as nos braços e abençoou-as, enquanto uma criancinha adormeceu, repousando tranqüilamente reclinada contra o Seu peito. Jesus falou palavras de encorajamento às mães sobre sua obra, e oh, que alívio isto lhes trouxe ao espírito! Com que alegria demoraram-se a falar sobre a bondade e misericórdia de Jesus, ao recordarem a memorável ocasião! Suas graciosas palavras tinham removido o fardo de seu coração e infundiram nelas renovada esperança e coragem. Toda impressão de cansaço havia desaparecido. LA 274 1 Esta é uma animadora lição às mães em todo tempo. Depois de haverem feito o melhor possível pelo bem dos filhos, podem levá-los a Jesus. Mesmo o bebê nos braços maternos é precioso a Sua vista. E ao ansiar o coração da mãe por auxílio que ela sabe não poder dispensar-lhes, a graça que não lhes pode conceder, e lança-se juntamente com os filhos nos misericordiosos braços de Cristo, Ele os receberá e abençoará; lhes dará paz, esperança e felicidade, a ela e aos filhos. Este é um precioso privilégio que Jesus concedeu a todas as mães. -- Good Health, Janeiro de 1880. Jesus ainda convida as mães LA 274 2 Cristo, a Majestade do Céu, disse: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus." Lucas 18:16. Jesus não os envia aos rabis; não os envia aos fariseus, pois sabe que esses homens os ensinariam a rejeitar o seu melhor Amigo. As mães que levaram seus filhos a Jesus fizeram bem. ... Levem as mães hoje seus filhos a Cristo. Tomem os ministros do evangelho as crianças nos braços, e abençoem-nas em nome de Jesus. Sejam dirigidas palavras do mais terno amor aos pequeninos; pois Jesus tomou os cordeiros do rebanho nos braços, e os abençoou. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1896. LA 274 3 Vão as mães ter com Jesus, apresentando-Lhe suas perplexidades. Encontrarão suficiente graça para as ajudar na educação dos filhos. As portas acham-se abertas a toda mãe que desejar depor seus fardos aos pés do Salvador. ... Convida ainda as mães a conduzirem os pequeninos para serem por Ele abençoados. Mesmo o nenê nos braços maternos pode permanecer como sob a sombra do Onipotente, mediante a fé de uma mãe que ora. João Batista foi cheio do Espírito Santo desde seu nascimento. Se vivemos em comunhão com Deus, também nós podemos esperar que o Espírito divino molde nossos pequenos já desde os primeiros momentos. -- O Desejado de Todas as Nações, 512. O coração dos jovens é suscetível LA 275 1 Ele [Cristo] Se identificou com o humilde, o necessitado, o aflito. Tomou as criancinhas em Seus braços e desceu ao nível dos jovens. Seu grande coração de amor podia compreender as provas e necessidades, e desfrutou da felicidade deles. Seu espírito, cansado da lufa-lufa e confusão das multidões da cidade, farto da associação com homens astutos e hipócritas, encontrou repouso e paz na associação com inocentes crianças. Sua presença jamais as repeliu. A Majestade do Céu condescendeu em responder a suas perguntas e simplificou Suas importantes lições para ajudar a seu entendimento infantil. Ele plantou em sua mente jovem e em expansão as sementes da verdade que haveriam de brotar e produzir fruto abundante na maturidade. -- Testimonies for the Church 4:141. LA 275 2 Ele sabia que essas crianças aceitariam Seus conselhos e O receberiam como seu Redentor, ao passo que os que eram sábios segundo o mundo e de coração endurecido estariam menos dispostos a segui-Lo e encontrar um lugar no reino de Deus. Esses pequenos, vindo a Cristo e recebendo Seu conselho e bênção, tiveram Sua imagem e Suas graciosas palavras estampadas na mente plástica, para serem jamais apagadas. Devemos aprender uma lição deste ato de Cristo, de que o coração dos jovens é mais suscetível aos ensinos do cristianismo, fácil de ser influenciado para a piedade e a virtude, e forte para reter as impressões recebidas. -- Testimonies for the Church 4:142. LA 275 3 "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Lucas 18:16. Estas preciosas palavras devem ser estimadas, não somente por toda mãe, mas também por todo pai. Estas palavras são um encorajamento aos pais para que instem com os filhos para irem a Sua presença, e pedir no nome de Cristo que o Pai permita que Sua bênção repouse sobre toda a família. Não somente as crianças mais amadas devem receber particular atenção, mas também as desobedientes e obstinadas, que necessitam cuidadosa instrução e bondosa guia. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. ------------------------Capítulo 48 -- Como o céu considera as crianças Compradas com o sangue de Cristo LA 279 1 Cristo avaliou tão alto as crianças que deu a Sua vida por elas. Tratai-as como o preço do Seu sangue. Paciente e firmemente educai-as para Ele. Disciplinai com amor e paciência. Ao assim fazerdes elas se tornarão uma coroa de alegria para vós e brilharão como luzes no mundo. -- The Signs of the Times, 3 de Abril de 1901. LA 279 2 A mais tenra criança que ama e teme a Deus, é maior aos Seus olhos do que o homem mais talentoso e instruído que negligencia a grande salvação. Os jovens que consagram o coração e a vida a Deus, assim fazendo se têm colocado em ligação com a Fonte de toda a sabedoria e excelência. -- Mensagens aos Jovens, 329. "Dos tais é o reino de Deus" LA 279 3 A alma da criança que crê em Cristo é tão preciosa a Sua vista como são os anjos ao redor do Seu trono. Elas devem ser levadas a Cristo e educadas para Ele. Devem ser guiadas no caminho da obediência, não condescendendo com o apetite ou a vaidade. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. LA 279 4 Se tão-somente aprendêssemos as maravilhosas lições que Jesus procurou ensinar a Seus discípulos com respeito a uma criancinha, quanta coisa que agora parece invencível dificuldade desapareceria completamente! Quando os discípulos vieram a Jesus, dizendo: "Quem é o maior no Reino dos céus? E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles, e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus. Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus." Mateus 18:1-4. -- Manuscrito 13, 1891. Propriedade de Deus confiada aos pais LA 280 1 Os filhos derivam a vida e o ser dos pais, e não obstante é através do poder criador de Deus que vossos filhos têm vida, pois Deus é o doador da vida. Seja lembrado que os filhos não devem ser tratados como se fosse nossa propriedade pessoal. Os filhos são a herança do Senhor, e o plano da redenção inclui sua salvação tanto quanto a nossa. Eles são confiados aos pais para que sejam criados na doutrina e admoestação do Senhor, a fim de estarem qualificados para sua obra no tempo e na eternidade. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. LA 280 2 Mães, tratai ternamente com vossos pequenos. Cristo foi uma vez criancinha. Por Seu amor honrai as crianças. Velai sobre elas como um sagrado encargo, não para que sejam indisciplinadas, mimadas e idolatradas, mas para serem ensinadas a viver vida nobre e pura. Elas são propriedade de Deus; Ele as ama, e vos chama para que coopereis com Ele ajudando-as a formarem caráter perfeito. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899. LA 280 3 Se esperais encontrar a Deus em paz, alimentai Seu rebanho agora com alimento espiritual; pois cada criança tem a possibilidade de alcançar a vida eterna. Crianças e jovens são o peculiar tesouro de Deus. -- Carta 105, 1893. LA 280 4 Os jovens precisam ser impressionados com a verdade de que seus dotes não são deles próprios. Força, tempo, intelecto -- não são senão tesouros emprestados. Pertencem a Deus; e deve ser a decisão de cada jovem pô-los no mais elevado uso. Ele é um ramo do qual Deus espera fruto; um mordomo cujo capital deve crescer; uma luz para iluminar as trevas do mundo. Cada jovem, cada criança, tem uma obra a fazer para honra de Deus e reerguimento da humanidade. -- Educação, 57, 58. O caminho para o céu é ajustado à capacidade das crianças LA 281 1 Vi que Jesus conhece nossas fraquezas e partilhou, Ele próprio, de nossa experiência em todas as coisas, mas sem pecado; portanto, Ele preparou-nos um caminho adequado a nossa força e capacidade e, como Jacó, tem caminhado devagar e segundo o passo das crianças e sua capacidade de resistência, a fim de nos entreter pelo conforto de Sua companhia, e ser-nos guia perpétuo. Ele não despreza, nem negligencia ou deixa para trás, as crianças do rebanho. Não nos pediu que marchássemos avante e as deixássemos atrás. Não tem caminhado tão depressa que nos deixasse para trás com os pequenos. Oh, não! mas tem aplainado a estrada da vida, mesmo para as crianças. E requer-se dos pais, em Seu nome, que as conduzam ao longo do caminho estreito. Deus nos designou uma vereda apropriada à resistência e capacidade das crianças. -- Testemunhos Selectos 1:137, 138. ------------------------Capítulo 49 -- Auxiliadores da mãe Filhos: participantes da sociedade do lar LA 282 1 Tanto as crianças como os pais têm importantes deveres a cumprir no lar. Deve-se-lhes ensinar que constituem uma parte da organização do lar. São alimentados, vestidos, amados e cuidados; e devem corresponder a esses muitos favores, assumindo a parte que lhes cabe nas responsabilidades do lar, e trazendo toda a felicidade possível à família da qual são membros. -- A Ciência do Bom Viver, 394. LA 282 2 Ensine cada mãe a seus filhos que eles são membros da sociedade da família e devem levar sua parte de responsabilidade nessa sociedade. Cada membro da família deve levar sua responsabilidade tão fielmente como os membros da igreja levam as responsabilidades das relações da igreja. LA 282 3 Sejam os filhos informados de que estão ajudando papai e mamãe ao fazerem pequenos recados. Dai-lhes algum trabalho para que vos faça, e dizei-lhes que mais tarde terão tempo para brincar. -- The Review and Herald, 23 de Junho de 1903. LA 282 4 As crianças têm a mente ativa, e precisam ser empregadas para que ergam os fardos da vida prática... Jamais devem ser deixados a escolher sua ocupação. Devem os pais controlar esta questão. -- Manuscrito 57, 1897. Pais e filhos têm obrigações LA 282 5 Os pais estão sob a obrigação de alimentar, vestir e educar seus filhos, e estes de servir a seus pais com alegria e fervente fidelidade. Quando os filhos deixam de sentir a obrigação de partilhar com seus pais trabalhos e encargos, como se sentiriam então se seus pais deixassem de sentir sua obrigação de cuidar deles? Deixando de cumprir os deveres que recaem sobre eles de serem úteis a seus pais, de aliviar-lhes as cargas fazendo o que possa ser desagradável e trabalhoso, os filhos perdem a oportunidade de obter a mais valiosa educação que os capacitaria para prestatividade futura. -- The Youth's Instructor, 20 de Julho de 1893. LA 283 1 Deus deseja que os filhos de todos os crentes sejam ensinados desde os mais tenros anos a partilhar dos trabalhos que os pais têm no cuidado por eles. É-lhes dada no lar uma parte para seu dormitório e o direito a um lugar à mesa da família. Deus exige que os pais alimentem e vistam seus filhos. Mas as obrigações entre pais e filhos são mútuas. De sua parte é requerido dos filhos que respeitem e honrem seus pais. -- Manuscrito 128, 1901. LA 283 2 Não devem os pais ser escravos dos filhos, fazendo todo o sacrifício, enquanto se permite aos filhos que cresçam livres de cuidados e preocupação, deixando todos os encargos repousarem sobre os pais. -- Manuscrito 126, 1897. Indolência é ensinada pela bondade irrazoável LA 283 3 Os filhos devem ser ensinados muito jovens a serem prestativos, a ajudarem-se a si mesmos e a outros. Muitas filhas nessa idade podem, sem dor na consciência, ver sua mãe trabalhando, cozinhando, lavando ou passando a ferro, enquanto elas se assentam na sala de visitas e lêem histórias, fazem tricô, bordados, etc. Elas têm o coração insensível como uma pedra. LA 283 4 Mas de onde se origina o erro? Quem são em geral os mais culpados disto? Os pobres, os enganados pais. Passam por alto o bem futuro de seus filhos e, em sua errônea compaixão, deixam-nos assentados em indolência ou se lhes permite fazer coisas de pouca importância, que não exigem exercício da mente nem dos músculos, e desculpam suas filhas indolentes alegando que são débeis. Que as fez débeis? Em muitos casos tem sido o errôneo procedimento dos pais. Uma porção razoável de exercício ao redor da casa ajudaria tanto o corpo como a mente. Mas as crianças são privadas disto em virtude de falsas idéias, até que tomam aversão pelo trabalho. -- Testimonies for the Church 1:686. LA 284 1 Se vossos filhos não são acostumados a trabalhar, logo estarão cansados. Queixar-se-ão de dor no lado, nos ombros, membros cansados; e estareis em perigo de, por simpatia, fazer vós mesmos o trabalho em vez de permitir que sofram um pouco. Seja o trabalho das crianças muito leve de início, aumentando-se cada dia um pouco, até que possam fazer uma soma razoável de trabalho sem se cansarem. -- Testimonies for the Church 1:687. Perigos da indolência LA 284 2 Foi-me mostrado que muito pecado é resultado da preguiça. Mãos e mentes ativas não acham tempo para dar ouvidos a toda tentação sugerida pelo inimigo; as mãos e os cérebros ociosos, porém, estão sempre em condições de ser controlados por Satanás. Quando não devidamente ocupada, a mente demora-se em coisas impróprias. Os pais devem ensinar a seus filhos que a ociosidade é pecado. -- Testemunhos Selectos 1:145. LA 284 3 Nada há que mais conduz seguramente ao mal do que levar todas as cargas dos filhos, deixando-lhes a vida sem objetivo, na indolência, sem nada fazer, ou ocupando-se com o que lhes aprouver. As crianças têm a mente ativa, e se se não a ocupam com o que é bom e útil, farão inevitavelmente o que é mau. Conquanto seja justo e necessário que tenham recreação, devem ser ensinados a trabalhar, devem ter horas regulares de trabalho físico bem como para leitura e estudo. Vede que tenham ocupação de trabalho proporcional à sua idade, e sejam supridos com livros úteis e interessantes. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 135. Ocupação útil: a mais segura salvaguarda LA 284 4 Uma das mais seguras salvaguardas para a juventude é a ocupação útil. Tivessem eles sido educados em hábitos industriosos, de maneira que todas as suas horas fossem utilmente empregadas, e não teriam tempo para lamentar sua sorte ou para sonhos inúteis. Estariam em pouco perigo de formar hábitos ou associações viciosas. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. LA 285 1 Se os pais estão tão ocupados com outras coisas que não podem manter os filhos convenientemente empregados, Satanás os manterá ocupados. -- The Signs of the Times, 3 de Abril de 1881. As crianças devem aprender a levar as cargas LA 285 2 Os pais devem despertar para o fato de que a mais importante lição para seus filhos é a de que devem aprender a desempenhar sua parte na condução das tarefas do lar. ... Os pais devem ensinar seus filhos a ter um ponto de vista prático da vida, compreendendo que devem ser úteis no mundo. No lar, sob a supervisão da mãe sábia, meninos e meninas devem receber sua primeira instrução no assumir encargos da vida. -- Carta 106, 1901. LA 285 3 A educação da criança para o bem ou para o mal começa nos primeiros anos. ... Quando os mais velhos se tornam maiores, devem ajudar a cuidar dos membros mais jovens da família. A mãe não deve cansar-se fazendo o trabalho que os filhos podem e devem fazer. -- Manuscrito 126, 1903. A satisfação de tomar parte nas tarefas LA 285 4 Ajudai vossos filhos, pais, a fazer a vontade de Deus mostrando-se fiéis no cumprimento dos deveres que de fato lhes pertencem como membros da família. Isto lhes dará a mais valiosa experiência. Ensinar-lhes-á que não devem centralizar o pensamento em si mesmos, que não devem fazer o que só a eles dá prazer nem deleitar-se a si mesmos. Pacientemente educai-os para que aprendam a desempenhar sua parte no círculo da família, a tornar um sucesso seus esforços de participar dos encargos da mãe e do pai, dos irmãos e das irmãs. Assim terão satisfação em saber que são realmente úteis. -- Manuscrito 27, 1896. LA 286 1 As crianças podem ser educadas para se tornarem prestativas. Elas são por natureza ativas e inclinadas ao trabalho; e esta atividade é suscetível de ser treinada e dirigida no rumo certo. Os filhos podem, quando jovens, ser ensinados a levar diariamente suas pequenas cargas, tendo cada um alguma tarefa particular para realizar, da qual seja responsável diante de seu pai ou tutor. Aprenderão assim a levar o jugo do dever na juventude; e o desempenho de suas pequenas tarefas se tornará um prazer, dando-lhes felicidade que só é alcançada pelo fazer o bem. Irão se acostumar ao trabalho e responsabilidade, e encontrarão prazer no trabalho, compreendendo que a vida lhes oferece mais importantes ocupações que os divertimentos em si. ... LA 286 2 O trabalho é bom para as crianças; elas ficam mais felizes se utilmente empregadas grande parte do tempo; seus inocentes divertimentos são desfrutados com maior prazer depois de haverem desempenhado com sucesso suas tarefas. O trabalho fortalece tanto os músculos como a mente. As mães podem fazer de seus filhos preciosos ajudadores; e, no mesmo passo em que são ensinados a serem úteis, podem elas mesmas alcançar conhecimento da natureza humana e como tratar com esses jovens e imaturos seres e conservar o coração aquecido e jovem pelo contato com esses pequenos. E como seus filhos olham para ela em confiança e amor, podem olhar para o querido Salvador em busca de auxílio e guia. Crianças que são convenientemente educadas, ao avançarem em idade aprendem a amar essa espécie de trabalho que torna mais leve a carga de seus amigos. -- The Health Reformer, Dezembro de 1877. Assegura equilíbrio mental LA 286 3 No cumprimento de sua parte das tarefas podem melhorar a memória e alcançar o correto equilíbrio do espírito, bem como estabilidade de caráter e diligência. O dia, com sua rotina de pequenos deveres, demanda reflexão, cálculo e planejamento de ação. Tornando-se os filhos mais velhos, mais ainda deve ser exigido deles. Não se lhes imponha tarefa exaustiva, nem seu trabalho deve ser prolongado de modo que se afadiguem e desanimem; mas deve ser cuidadosamente selecionado tendo em vista o desenvolvimento físico mais desejável e o cultivo apropriado da mente e do caráter. -- The Health Reformer, Dezembro de 1877. Une os obreiros da terra com os do céu LA 287 1 Se as crianças fossem ensinadas a considerar a humilde rotina dos deveres diários como o caminho a elas indicado pelo Senhor, como uma escola na qual devem ser preparadas para a realização de um serviço fiel e eficiente, quão mais agradável e honroso lhes pareceria o seu trabalho! Cumprir todo dever como sendo ao Senhor, lança um encanto ao redor da mais humilde ocupação, ligando os obreiros na Terra com os seres santos que cumprem a vontade de Deus no Céu. -- Patriarcas e Profetas, 574. LA 287 2 Trabalho é constantemente feito no Céu. Ali não há indolência. "Meu Pai trabalha até agora", disse Cristo, "e Eu trabalho também." João 5:17. Não podemos supor que quando vier o triunfo final, e tivermos as mansões para nós preparadas, que a indolência será nossa porção, e que viveremos num feliz estado de nada fazer. -- Manuscrito 126, 1897. Fortalece os laços domésticos LA 288 3 Na educação doméstica dos jovens, o princípio da cooperação é inestimável. ... Os mais idosos devem ser os ajudantes dos pais, tomando parte em seus planos, e partilhando de suas responsabilidades e encargos. Tomem os pais e as mães tempo para ensinar os filhos, mostrem que apreciam o auxílio deles, desejam sua confiança e gostam de sua companhia; e as crianças não serão tardias em corresponder. Não somente isto suavizará o encargo dos pais, e receberão as crianças um ensino prático de valor inestimável, mas também haverá fortalecimento dos laços domésticos e consolidação dos próprios fundamentos do caráter. -- Educação, 285. Promove o crescimento mental, moral e espiritual LA 288 1 As crianças e os jovens devem achar prazer em tornar mais leves as obrigações do pai e da mãe, demonstrando abnegado interesse no lar. Ao suportarem com alegria a parte das responsabilidades que lhes pesa sobre os ombros, estão recebendo instrução para se tornarem aptos para posições de confiança e utilidade. Cada ano devem fazer progressos, trocando gradual mas seguramente sua conduta de meninos e meninas pela de verdadeiros homens e mulheres. No fiel desempenho de simples deveres do lar, os rapazes e as meninas lançam os alicerces da excelência mental, moral e espiritual. -- Mensagens aos Jovens, 211, 212. Dá saúde ao corpo e paz de espírito LA 288 2 Com certeza a aprovação de Deus repousa com amável confiança sobre as crianças e jovens que desempenham alegremente sua parte nos deveres da família, partilhando as responsabilidades do pai e da mãe. Serão recompensados com saúde do corpo e paz de espírito; e fruirão o prazer de ver os pais tomarem parte nos entretenimentos sociais e nas saudáveis recreações, prolongando assim a existência. Os filhos exercitados para os práticos deveres da vida, sairão de casa para ser membros úteis da sociedade, com educação muito superior à que se adquire confinado em uma sala de aulas em tenra idade, quando nem a mente nem o corpo está suficientemente forte para resistir à tensão. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 148. LA 288 3 Em alguns casos seria melhor que as crianças tivessem menos trabalho na escola e mais treino para a realização de tarefas domésticas. Sobretudo deviam ser ensinadas a ser solícitas e prestativas. Muita coisa a ser aprendida dos livros é de muito menos importância do que as lições de atividade prática e disciplina. -- Manuscrito 126, 1897. Assegura sono reparador LA 289 1 As mães devem levar consigo as filhas para a cozinha, e ensiná-las pacientemente. Sua constituição ficará melhor por fazer esse trabalho; seus músculos adquirirão vigor e resistência, e serão mais saudáveis suas meditações, e mais elevadas, quando chegar o fim do dia. Talvez se achem fatigadas, mas quão doce é o repouso depois de uma justa medida de trabalho! O sono, o suave restaurador da natureza, revigora o corpo fatigado, e prepara-o para os deveres do dia seguinte. Não deis a entender a vossos filhos que não importa se eles trabalham ou não. Ensinai-lhes que seu auxílio é necessário, seu tempo é valioso, e que contais com seus serviços. -- Testemunhos Selectos 1:145. LA 289 2 É um pecado deixar que as crianças cresçam indolentes. Exercitem elas seus membros e músculos, mesmo que os cansem. Se não são ativados, como pode a fadiga fazer-lhes mais dano a eles do que a vós? Há uma evidente diferença entre cansaço e exaustão. As crianças necessitam mais freqüente mudança de atividade e intervalos de repouso que as pessoas adultas; mas mesmo quando ainda bem jovens, devem começar a aprender a trabalhar, e se sentirão felizes ao pensamento de que estão sendo úteis. Seu sono será mais tranqüilo após saudável atividade, e se sentirão refeitos para o próximo dia de trabalho. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 135. Nunca dizer: "meus filhos me atrapalham" LA 289 3 "Oh", dizem algumas mães, "meus filhos me atrapalham quando procuram ajudar-me." Assim faziam os meus, mas supondes que eu permitia que eles o soubessem? Elogiai vossos filhos. Ensinai-os, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Isto é melhor que ler novelas, que fazer visitas, que seguir as modas do mundo. -- Manuscrito 131, 1901. Contemplando o modelo LA 290 1 Por algum tempo a Majestade do Céu, o Rei da glória, foi apenas uma criança em Belém, e não podia representar mais que uma criança nos braços de Sua mãe. Na meninice Ele não podia fazer senão a obra de uma criança obediente, cumprindo os desejos de Seus pais, fazendo aquelas tarefas compatíveis com Sua habilidade de criança. Isto é tudo que às crianças compete fazer, e devem ser educadas e instruídas para que possam seguir o exemplo de Cristo. Cristo agiu de tal maneira que abençoou a família em que foi achado, pois sujeitou-Se a Seus pais e assim fez obra missionária em Sua vida no lar. Está escrito: "E o menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Lucas 2:40. "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." Lucas 2:52. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1894. LA 290 2 É o precioso privilégio dos pais e dos mestres cooperar em ensinar as crianças como participar do contentamento da vida de Cristo mediante o aprender a seguir o Seu exemplo. Os primeiros anos do Salvador foram anos de prestatividade. Ele era ajudador de Sua mãe no lar; estava tão certamente cumprindo Sua missão ao desempenhar as tarefas domésticas e trabalhar no banco de carpinteiro como quando empenhado em Seu ministério público. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1909. LA 290 3 Em Sua vida terrestre, Cristo foi exemplo a toda a família humana, e era obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro, e trabalhava com as próprias mãos na oficina de Nazaré. ... Enquanto Ele trabalhava, na infância e juventude, iam-se-Lhe desenvolvendo a mente e o corpo. Não gastava negligentemente as energias físicas, mas de maneira a conservá-las sãs, para que fizesse, em todos os sentidos, o melhor trabalho. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 147. LA 291 1 Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele. -- Provérbios 22:6 (NTLH). LA 291 2 Lembrem desses mandamentos e os guardem no seu coração. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para que não as esqueçam, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. -- Deuteronômio 11:18, 19 (NTLH). ------------------------Capítulo 50 -- A honra devida aos pais A dívida dos filhos para com os pais LA 292 1 Os filhos devem sentir-se em dívida para com os pais, que lhes têm protegido na infância e cuidado deles nas enfermidades. Devem compreender que os pais têm sofrido muita ansiedade por causa deles. Especialmente têm os pais conscienciosos e piedosos sentido profundo interesse em que seus filhos sigam a direção devida. Ao verem faltas neles, quão opresso lhes fica o coração! Pudessem os filhos que têm ocasionado esses desgostos ver o efeito de sua conduta, e haveriam de sensibilizar-se. Caso vissem as lágrimas de sua mãe e lhe ouvissem as orações a Deus em seu favor, se lhes fosse dado escutar-lhes os reprimidos e entrecortados suspiros, o coração lhes doeria, e confessariam prontamente suas faltas e pediriam perdão. -- Testemunhos Selectos 1:145, 146. LA 292 2 Os filhos, uma vez crescidos, louvarão os pais que trabalharam fielmente, e não lhes permitiram acariciar maus sentimentos ou condescender com maus hábitos. -- The Signs of the Times, 13 de Julho de 1888. Um mandamento para todos LA 292 3 "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá." Êxodo 20:12. Este é o primeiro mandamento com promessa. Recai sobre crianças e jovens, sobre os de meia-idade e os idosos. Não há na vida nenhum período em que os filhos fiquem isentos da honra aos pais. Esta solene obrigação recai sobre cada filho ou filha, e é uma das condições de prolongamento de sua vida na terra que o Senhor dará aos fiéis. Isto não é um assunto indigno de consideração, mas uma questão de vital importância. A promessa está sob a condição da obediência. Se obedeceis, vivereis longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dá. Se desobedeceis, não prolongareis vossa vida na Terra. -- Testimonies for the Church 2:80, 81. LA 293 1 Os pais têm direito ao amor e respeito em certo grau que a nenhuma outra pessoa é devido. O próprio Deus, que pôs sobre eles a responsabilidade pelas almas confiadas aos seus cuidados, ordenou que durante os primeiros anos da vida estejam os pais em lugar de Deus em relação aos seus filhos. E aquele que rejeita a lícita autoridade de seus pais, rejeita a autoridade de Deus. O quinto mandamento exige que os filhos não somente tributem respeito, submissão e obediência a seus pais, mas também lhes proporcionem amor e ternura, aliviem os seus cuidados, zelem de seu nome, e os socorram e consolem na velhice. -- Patriarcas e Profetas, 308. LA 293 2 Deus não pode fazer prosperar a quem vai diretamente contra o mais claro dever especificado em Sua Palavra, o dever dos filhos para com seus pais... Se desrespeitam e desonram a seus pais terrenos, não respeitarão nem amarão ao seu Criador. -- Testimonies for the Church 3:232. LA 293 3 Quando os filhos têm pais incrédulos, e suas ordens contrariam os reclamos de Cristo, então, embora seja doloroso este pensamento, devem obedecer a Deus e deixar com Ele as conseqüências. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. Quebrando o quinto mandamento LA 293 4 Nestes últimos dias os filhos se fazem notar tanto por sua desobediência e desrespeito, que Deus os tem observado especialmente, e isto constitui um sinal da proximidade do fim. É um indício de que Satanás tem completo domínio sobre a mente dos jovens. Por parte de muitos, já não há respeito para com a idade. -- Testemunhos Selectos 1:76. LA 293 5 Há muitas crianças que professam conhecer a verdade, e não dão aos pais a honra e afeição que lhes são devidas, que não manifestam senão bem pouco amor ao pai e à mãe, deixando de honrá-los com satisfazer-lhes os desejos, ou de buscar aliviá-los de ansiedade. Muitos que professam ser cristãos não sabem o que significa "honra a teu pai e a tua mãe", e, portanto, só poucos hão de saber o que quer dizer: "para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá". Êxodo 20:12. -- Mensagens aos Jovens, 331. LA 294 1 Nesta época rebelde, os filhos que não receberam a devida instrução e disciplina, têm bem pouca compreensão de sua obrigação para com os pais. Dá-se muitas vezes que, quanto mais os pais fazem por eles, tanto mais ingratos são, e menos os respeitam. As crianças que foram mimadas e servidas, esperam sempre isto; e caso sua expectativa não se realize, ficam decepcionadas e perdem o ânimo. Essa mesma disposição se manifestará através de toda a sua vida; serão impotentes, dependendo do auxílio de outros, esperando que outros os favoreçam, e lhes façam concessões. E caso encontrem oposição, mesmo depois de atingirem a idade adulta, julgam-se maltratados; e assim atravessam penosamente o caminho pelo mundo, mal sendo capazes de levar as próprias cargas, murmurando e irritando-se frequentemente porque tudo não vai à medida de seus desejos. -- Testemunhos Selectos 1:142, 143. Não há Lugar no céu para os filhos ingratos LA 294 2 Satanás tem cegado a mente dos jovens para que não compreendam as verdades da Palavra de Deus. Sua sensibilidade está de tal forma embotada que não consideram o conselho do apóstolo: LA 294 3 "Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a [nova] Terra." (Efésios 6:1-3), conselhos e instruções, não podem ter parte na Terra feita nova. A Terra purificada não será lugar para o filho ou filha rebelde, desobediente, ingrato. A menos que aprendam obediência e submissão aqui, jamais a aprenderão; a paz do redimido não será mareada por filhos desobedientes, indisciplinados, insubmissos. Nenhum transgressor do mandamento pode herdar o reino do Céu. -- Testimonies for the Church 1:497, 498. Seja o amor manifestado LA 295 1 Tenho visto filhos que não parecem possuir afeição para dar a seus pais, nem expressões de amor e carinho que lhes são devidas e que eles apreciariam; mas esbanjam abundância de afeição e cuidado na seleção daqueles por quem mostram preferência. É isto o que Deus deseja? Não, não. Levai toda alegria, amor, e afeição ao circulo do lar. Vossos pais apreciarão essas pequenas atenções que podeis dar. Vossos esforços para aliviar a carga, para reprimir cada palavra de impaciência e ingratidão, mostra que não sois uma criança irrefletida, e que apreciais o cuidado e o amor que vos foram dados nos anos de vossa desvalida infância e meninice. -- The Youth's Instructor, 21 de Abril de 1886. LA 295 2 Filhos, é necessário que vossas mães vos amem, ou sereis muito infelizes. E é correto também que os filhos amem a seus pais, e lhes mostrem esse amor no olhar de ternura, em palavras carinhosas, numa cooperação sincera e alegre, ajudando o pai nos afazeres fora e a mãe nos trabalhos domésticos. -- Manuscrito 129, 1898. Como se feito a Jesus LA 295 3 Se sois verdadeiramente convertidos, se sois filhos de Jesus, honrareis vossos pais; não somente fareis o que eles vos dizem, mas buscareis oportunidade de ajudá-los. Assim procedendo estais trabalhando para Jesus. Ele considera todo esse cuidado, essa preocupação, como sendo feito a Ele. Esta é a mais importante espécie de trabalho missionário; e os que são fiéis nessas pequenas obrigações da vida diária estão adquirindo valiosa experiência. -- The Youth's Instructor, 30 de Janeiro de 1884. ------------------------Capítulo 51 -- Conselhos às crianças Buscar a Deus cedo LA 297 1 Crianças e jovens devem começar cedo a buscar a Deus; pois os primeiros hábitos e impressões freqüentemente exercem poderosa influência sobre a vida e o caráter. Portanto o jovem que desejar ser como Samuel, João e especialmente como Cristo, deve ser fiel nas coisas mínimas, afastando-se de companheiros que planejam o mal e que pensam que sua vida no mundo deve ser de prazer e condescendência egoísta. Muitos dos pequenos deveres domésticos são passados por alto como de nenhuma conseqüência; mas se as pequenas coisas são negligenciadas, os deveres maiores também o serão. Vós deveis desejar ser homens e mulheres íntegros, com o caráter sadio, puro e nobre. Começai a obra no lar; assumi as pequenas tarefas, e fazei-as com exatidão e inteireza. Quando o Senhor vir que sois fiéis no mínimo, confiar-vos-á maiores responsabilidades. Vede como construís, e que espécie de material pondes no edifício. O caráter que agora estais formando, será permanente como a eternidade. LA 297 2 Deixai que Jesus tome posse de vosso espírito, de vosso coração e afeições; e trabalhai como Cristo trabalhou, cumprindo conscienciosamente os deveres do lar, pequenos atos de abnegação e obras de bondade, empregando os momentos diligentemente, mantendo-vos em constante vigia contra os pequenos pecados e o coração agradecido pelas pequenas bênçãos, e tereis afinal tal testemunho a vosso respeito como o que foi dado de João e Samuel, e especialmente de Cristo: "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." Lucas 2:52. -- The Youth's Instructor, 3 de Novembro de 1886. "Dá-me o teu coração" LA 297 3 Deus diz ao jovem: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração." Provérbios 23:26. O Salvador do mundo Se deleita em que as crianças e jovens Lhe dêem o coração. Há talvez um grande exército de crianças que serão encontradas fiéis a Deus por andarem na luz, assim como Cristo na luz está. Amarão ao Senhor Jesus, encontrando prazer em agradar-Lhe. Não ficarão impacientes quando reprovadas; mas alegrarão o coração do pai e da mãe com sua bondade, paciência, boa vontade para fazer tudo quanto puderem para os ajudar a suportar os fardos da vida diária. Através da infância e juventude, serão achados fiéis discípulos de nosso Senhor. -- Mensagens aos Jovens, 333. Escolha individual LA 298 1 Vigiai e orai, e obtende uma experiência pessoal nas coisas de Deus. Vossos pais podem ensinar-vos, podem procurar guiar vossos pés no caminho seguro; mas é-lhes impossível mudar vosso coração. Necessitais dar vosso coração a Jesus e andar na preciosa luz da verdade que Ele vos deu. Assumi fielmente vossos deveres na vida do lar, e, através da graça de Deus, podereis crescer até a estatura plena que Cristo gostaria que uma criança alcançasse para estar nEle. O fato de que vossos pais guardam o sábado e obedecem à verdade, não vos assegurará a salvação. Pois mesmo que Noé, Jó e Daniel estivessem na Terra, "Vivo Eu, diz o Senhor Jeová, que nem filho nem filha eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça". Ezequiel 14:20. LA 298 2 Na meninice e na juventude podeis ter uma experiência no serviço de Deus. Fazei o que sabeis ser correto. Sede obedientes a vossos pais. Atentai para seus conselhos; pois se eles amam e temem a Deus, sobre eles será posta a responsabilidade de educar, disciplinar e preparar vossa alma para a vida imortal. Com gratidão recebei a ajuda que eles vos querem dar, e tornai-lhes o coração alegre por vossa alegre submissão aos ditames de seu sábio discernimento. Desta maneira honrareis vossos pais, glorificareis a Deus e vos tornareis uma bênção àqueles com os quais vos associais. -- The Youth's Instructor, 17 de Agosto de 1893. LA 299 1 Travai o combate, filhos; lembrai-vos de que cada vitória vos coloca acima do inimigo. -- Manuscrito 19, 1887. Devem as crianças orar suplicando auxílio LA 299 2 Devem as crianças orar por graça a fim de resistir as tentações que lhes sobrevirão -- tentações para que sigam seu caminho e façam sua vontade egoísta. Pedindo eles a Cristo que os ajude em sua vida de serviço para que sejam fiéis, bondosos, obedientes e levem suas responsabilidades no círculo da família. Ele lhes ouvirá a singela oração. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896. LA 299 3 Jesus apreciaria que os filhos na juventude viessem a Ele com a mesma confiança com que vão a seus pais. Como uma criança suplica pão ao pai ou à mãe quando está com fome, assim o Senhor gostaria que Seus filhos viessem a Ele em suas necessidades. ... LA 299 4 Jesus conhece as necessidades das crianças, e tem prazer em ouvir suas orações. Que as crianças fechem a porta ao mundo e a tudo que lhes apartariam os pensamentos de Deus; e sintam que estão sozinhos com Deus, que Seus olhos penetram o íntimo do coração e lêem o desejo da alma, e que podem falar com Deus. ... LA 299 5 Então, crianças, pedi a Deus que faça por vós o que vós mesmas não podeis fazer. Contai tudo a Jesus. Abri perante Ele os segredos de vosso coração; pois os Seus olhos perscrutam o mais íntimo recesso da alma, e Ele lê vossos pensamentos como num livro aberto. Quando pedirdes o que for necessário para o bem de vossa alma, crede que o recebereis, e tê-lo-eis. -- The Youth's Instructor, 7 de Julho de 1892. Executar as tarefas domésticas com alegria LA 300 1 Crianças e jovens devem ser missionários no lar, fazendo o que seja necessário fazer e o que alguém teria que fazer. ... Na fiel execução de coisas que vos parecem sem importância podeis mostrar que possuís verdadeiro espírito missionário. É a disposição de cumprir as tarefas que vos estão no caminho, de aliviar vossa sobrecarregada mãe, que provará serdes dignos de receber maiores responsabilidades. Não pensais que lavar pratos seja uma tarefa agradável, embora não gostaríeis de que vos negassem o alimento que é posto nesses pratos. Achais que fazer tais coisas é um trabalho mais agradável para vossa mãe do que é para vós? Disponde-vos a deixar o que considerais tarefa desagradável para que seja feito por vossa atarefada mãe, enquanto vos fazeis de madame? Há a casa para ser varrida, os tapetes para serem batidos e os quartos para serem arrumados; e enquanto negligenciais tudo isto, é razoável que desejeis receber maiores responsabilidades? Tendes considerado quantas vezes a mãe tem de atender a todos esses deveres da casa enquanto sois dispensada para ir à escola ou para vos divertirdes? -- The Youth's Instructor, 2 de Março de 1893. LA 300 2 Muitas crianças tratam seus deveres domésticos como se fossem desagradável tarefa, e seu rosto claramente mostra esse desagrado. Encontram motivos de crítica e murmuram, e nada é feito com boa vontade. Isto não é cristianismo; é o espírito de Satanás, e se o acariciais, sereis semelhantes a ele. Tornais infelizes tanto a vós mesmos como a todos que vos cercam. Não vos queixeis do muito que tendes para fazer e do pouco tempo que vos sobra para divertimentos, mas sede atenciosos e solícitos. Empregando vosso tempo em alguma atividade útil, estareis fechando as portas contra as tentações de Satanás. Lembrai-vos de que Jesus viveu não para Si mesmo, e deveis ser semelhantes a Ele. Fazei disto questão de princípio religioso, e pedi a Jesus que vos ajude. Exercitando vossa mente nesta direção, estareis sendo preparados para vos tornardes cooperadores na causa de Deus como vos haveis tornado cooperadores no círculo do lar. Tereis boa influência sobre outros e podereis ganhá-los para o serviço de Cristo. -- The Youth's Instructor, 30 de Janeiro de 1884. Dar às mães variação e repouso LA 301 1 É difícil a uma mãe amorosa insistir com seus filhos para que a ajudem, quando ela vê que eles não têm o coração no trabalho e forjam qualquer desculpa para escapar à desagradável tarefa. Crianças e jovens, Cristo vos está olhando; verá Ele vossa negligência dos deveres que vos pôs nas mãos? Se quereis ser úteis, a oportunidade é vossa. Vosso primeiro dever é ajudar vossa mãe que tanto tem feito por vós. Aliviai o seu fardo; dai-lhe felizes dias de repouso, pois ela tem tido poucos feriados e pouca variedade na vida. Tendes exigido toda diversão e entretenimento como vosso direito, mas é chegado o tempo de derramardes alegria no lar. Assumi vossos encargos; ide direto ao trabalho. Mediante abnegada devoção dai-lhe repouso e satisfação. -- The Youth's Instructor, 2 de Março de 1893. Recompensa de Deus para quem age como Daniel LA 301 2 Há necessidade agora de homens que, como Daniel, sejam corajosos e ousados. Um coração puro e mão forte e destemida são necessários no mundo hoje. É desígnio de Deus que os homens estejam em constante progresso, alcançando cada dia um ponto mais alto na escala da excelência. Ele nos ajudará, se procurarmos ajudar-nos a nós mesmos. Nossa esperança de felicidade em dois mundos depende do progresso feito em um. ... LA 301 3 Querido jovem, Deus vos chama para fazerdes uma obra que por Sua graça podeis fazer. Apresentai "vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Romanos 12:1. Firmai-vos em vossa masculinidade e feminilidade que Deus vos deu. Mostrai a pureza de gostos, hábitos e apetites comparáveis aos de Daniel. Deus vos recompensará com nervos calmos, cérebro lúcido, perfeito discernimento e percepção aguda. A juventude de hoje cujos princípios são firmes e inamovíveis será abençoada com saúde do corpo, da mente e da alma. -- The Youth's Instructor, 9 de Julho de 1903. Começar agora a redimir o passado LA 302 1 A juventude está decidindo agora seu destino eterno, e eu apelaria para que considereis o mandamento ao qual Deus associa a promessa: "Para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor, teu Deus, te dá." Êxodo 20:12. Filhos, desejais a vida eterna? Então respeitai e honrai vossos pais. Não lhes firais nem maltrateis o coração levando-os a passar noites de insônia, ansiedade e agonia por vossa causa. Se haveis pecado por não lhes haverdes rendido obediência e amor, começai agora a redimir o passado. Não vos podeis permitir qualquer outra conduta; isto significaria para vós a perda da vida eterna. -- The Youth's Instructor, 22 de Junho de 1893. ------------------------Capítulo 52 -- Governo do lar Princípios para os pais LA 305 1 Muitos no mundo têm as afeições postas em coisas que podem ser boas em si, mas a mente fica satisfeita com essas coisas e não busca os bens mais altos e melhores que Cristo deseja dar-lhes. Ora, não devemos procurar privá-los brutalmente do que eles apreciam. Mostrai-lhes a beleza e preciosidade da verdade. Levai-os a contemplar a Cristo e Sua amabilidade; então se afastarão de tudo que desviam dEle suas afeições. Este é o princípio sobre o qual os pais devem trabalhar na educação de seus filhos. Por vossa maneira de tratar com os pequenos podeis pela graça de Cristo modelar-lhes o caráter para a vida eterna. -- Manuscrito 4, 1893. LA 305 2 Pais e mães devem tornar a preocupação de sua vida que seus filhos possam tornar-se tão perfeitos no caráter quanto o permita o esforço humano combinado com o auxílio divino. Esta obra, com toda a sua importância e responsabilidade, eles aceitaram, desde que trouxeram filhos ao mundo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 67. Regras para governo do lar LA 305 3 Todo lar cristão deve ter regras; e os pais devem, em suas palavras e comportamento de um para com o outro, dar aos filhos uma vida de precioso exemplo do que desejam que eles sejam. ... Ensinem às crianças e jovens o respeito a si mesmos, a lealdade a Deus e fidelidade ao princípio; ensinem-nos a respeitar e obedecer a lei de Deus. Então esses princípios lhes controlarão a vida e serão postos em prática em sua associação com outros. -- Carta 74, 1896. Princípios bíblicos a serem seguidos LA 306 1 Há necessidade de constante vigilância para que os princípios que jazem no fundamento do governo da família não sejam desrespeitados. É desígnio do Senhor que as famílias na Terra sejam símbolo da família no Céu. E quando as famílias terrestres são conduzidas em linhas justas, a mesma santificação do Espírito será levada para dentro da igreja. -- Manuscrito 80, 1898. LA 306 2 Devem os pais ser eles mesmos convertidos e saber o que é estar em submissão à vontade de Deus, como criancinhas, levando cativos os pensamentos à vontade de Jesus Cristo, antes que possam representar corretamente o governo que Deus deseja exista na família. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. LA 306 3 O próprio Deus estabeleceu as relações familiares. Sua Palavra é a única orientação segura no trato com as crianças. A filosofia humana não descobriu mais do que Deus sabe nem inventou um plano mais sábio de tratar com crianças do que o que é dado por nosso Senhor. Quem pode melhor compreender todas as necessidades das crianças do que o seu Criador? Quem pode sentir mais profundo interesse em seu bem-estar do que Aquele que as comprou com o Seu sangue? Se a Palavra de Deus fosse cuidadosamente estudada e fielmente obedecida, haveria menos angústia de alma por conduta perversa de filhos ímpios. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. Respeito aos direitos das crianças LA 306 4 Lembrai-vos de que as crianças têm direitos que devem ser respeitados. -- Carta 47a, 1902. LA 306 5 Os filhos têm reivindicações que os pais devem reconhecer e respeitar. Eles têm direito a privilégios tais como educação e instrução que os farão membros úteis da sociedade, respeitados e amados aqui, e lhes darão aptidão moral para a sociedade do puro e santo porvir. Aos jovens deve ensinar-se que o seu bem-estar tanto presente como futuro depende em grande medida dos hábitos que formarem na meninice e na juventude. Cedo devem ser acostumados à submissão, à abnegação e respeito pela felicidade de outros. Devem ser ensinados a subjugar o temperamento rude, a conter as palavras impulsivas, a manifestar invariável bondade, cortesia e domínio próprio. -- Fundamentos da Educação Cristã, 67. A um pai iludido por enganadora afeição LA 307 1 Enganadora afeição, barata manifestação de amor, conseguem muito de vossa parte. Passar o braço em torno do pescoço é fácil; mas não devíeis animar essas manifestações a menos que se provem de real valor pela perfeita obediência. Vossa complacência, vosso descaso para com os reclamos de Deus é a pior crueldade. Encorajais e desculpais a desobediência dizendo: "Meu garoto me ama." Tal amor é barato e enganador. Nem chega a ser amor. O amor, o amor genuíno, que deve ser cultivado na família é de valor porque se comprova pela obediência. ... LA 307 2 Se amais a alma de vossos filhos, chamai-os à ordem. Profusão de beijos e sinais de amor cegam vossos olhos, e vossos filhos o sabem. Dai menos importância a essas demonstrações externas de abraços e beijos e descei ao fundo das coisas e mostrai o que constitui amor filial. Recusai essas manifestações como fraude, como logro, a menos que sustentadas pela obediência e respeito por vossas ordens. -- Carta 52, 1886. Nem enganadora afeição nem severidade excessiva LA 307 3 Conquanto não devamos tolerar cega afeição, também não devemos exercer indevida severidade. As crianças não podem ser levadas ao Senhor pela força. Elas podem ser guiadas, mas não empurradas. "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu conheço-as, e elas Me seguem" (João 10:27), Cristo declara. Ele não disse: As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e são forçadas a entrar no caminho da obediência. No governo dos filhos o amor deve ser manifestado. Nunca devem os pais levar seus filhos a sofrer por rispidez e cobranças irrazoáveis. A dureza leva a alma para a rede de Satanás. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1901. LA 308 1 Só a influência combinada de autoridade com amor é que tornará possível dirigir adequadamente a família. Ter em vista a glória de Deus e como nossos filhos devem se portar diante dEle nos livrará de dificuldades e de reforçarmos o mal. -- Manuscrito 24, 1887. A dureza não é requisito para obediência LA 308 2 Ninguém suponha... que a dureza e severidade são necessárias para assegurar obediência. Tenho visto mantido o mais eficiente governo de família sem uma palavra ou um olhar de dureza. Tenho privado com outras famílias onde as ordens são constantemente dadas num tom de voz autoritário, e duras repreensões e punições severas foram freqüentemente administradas. No primeiro caso os filhos seguiam o exemplo dos pais e raramente falavam um ao outro em tom ríspido. No segundo também o exemplo dos pais era imitado pelos filhos, e palavras ásperas de censura e de disputas eram ouvidas da manhã à noite. -- The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. LA 308 3 Palavras que intimidam, criando na alma o temor e expulsando o amor, devem ser evitadas. Um pai sábio, terno, temente a Deus, levará para o lar não um escravizante temor, mas um elemento de amor. Se bebermos da água da vida, a fonte produzirá água doce, e não amarga. -- Carta 8a, 1896. LA 308 4 As palavras ásperas azedam o temperamento e ferem o coração das crianças e, em alguns casos, essas feridas são difíceis de curar. As crianças são sensíveis à mínima injustiça, e algumas ficam desanimadas ao sofrê-la, e nem darão ouvidos a alta e zangada voz de comando, nem se importarão com ameaças de castigo. -- Testemunhos Selectos 1:138. LA 308 5 Há perigo de crítica demasiado severa em pequenas coisas. O criticismo excessivamente severo, regras demasiado rígidas, levam ao quebrantamento de todas as disciplinas; e mais tarde as crianças assim educadas mostrarão o mesmo desrespeito pelas leis de Cristo. -- Manuscrito 7, 1899. Firmeza uniforme e controle desapaixonado LA 309 1 As crianças têm natureza amorável e sensível. Facilmente são agradadas e facilmente sentem-se infelizes. Mediante disciplina gentil em palavras e atos de amor pode a mãe unir os filhos ao seu coração. É grande erro mostrar severidade e ser muito exigente com as crianças. Firmeza uniforme e controle desapaixonado são necessários na disciplina de toda a família. Dizei calmamente o que pretendeis, agi com consideração e ponde em prática o que dizeis sem vos desviardes. LA 309 2 Compensará o manifestar afeto no convívio com vossos filhos. Não os repulseis por falta de terna compreensão em seus brinquedos, alegrias e desgostos. Nunca deixeis que haja sobrancelhas carregadas em vossa fronte, ou que uma palavra áspera vos escape dos lábios. Deus escreve todas essas palavras em Seu livro de memórias. -- Testimonies for the Church 3:532. Regras e regulamentos não bastam LA 309 3 Queridos irmãos, como igreja haveis desastradamente negligenciado vosso dever para com as crianças e jovens. Conquanto regras e restrições sejam postas sobre eles, deve tomar-se grande cuidado para mostrar-lhes o lado cristão de vosso caráter, e não o satânico. As crianças necessitam constante vigilância e terno amor. Ligai-as ao vosso coração, mantendo diante delas tanto o amor como o temor de Deus. Pais e mães não controlam o próprio espírito e portanto não estão em condições de governar a outros. Restringir e advertir vossos filhos não é tudo o que se requer. Tendes de aprender a praticar a justiça, a amar a misericórdia e andar humildemente com vosso Deus. -- Testimonies for the Church 4:621. Conselho a mãe de uma criança obstinada LA 309 4 Vossa filha não é propriedade vossa; não podeis fazer com ela como entendeis, pois ela é propriedade do Senhor. Exercei sobre ela controle firme e perseverante; ensinai-lhe que ela pertence a Deus. Com uma educação assim ela crescerá como bênção para os que a cercam. Mas será necessário discernimento claro e agudo para que possais reprimir-lhe a inclinação de governar a ambos, de ter vontade própria e fazer como lhe apraz. -- Carta 69, 1896. Liderança adequada LA 310 1 Tenho visto muitas famílias fracassarem por causa do autoritarismo do chefe, quando por consulta e acordo tudo podia ter caminhado harmoniosamente e bem. -- Testimonies for the Church 4:127. LA 310 2 Falta de firmeza no governo da família produz grande dano; com efeito, é quase tão mau como não haver governo nenhum. Muitas vezes se faz a pergunta: Por que os filhos de pais religiosos são não raro teimosos, desafiadores, rebeldes? A razão encontra-se na educação do lar. Muitas vezes os pais não estão unidos no governo da família. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. LA 310 3 Um governo inconstante -- ora mantendo as linhas firmemente, ora permitindo o que havia sido condenado -- é ruinoso para uma criança. -- Carta 69, 1896. Lei mútua para pais e filhos LA 310 4 Deus é nosso Legislador e Rei, e os pais devem colocar-se sob Seu governo. Este governo proíbe toda opressão da parte dos pais e desobediência da parte dos filhos. O Senhor é cheio de longanimidade, misericórdia e verdade. Sua lei é santa, justa e boa, e deve ser obedecida por pais e filhos. As regras que devem reger a vida dos pais e dos filhos fluem do coração do infinito amor, e as ricas bênçãos de Deus repousarão sobre os pais que administrarem Sua lei em seus lares, e sobre os filhos que obedecerem a esta lei. A influência combinada da misericórdia e da justiça deve ser sentida. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. Lares que viverem sob esta disciplina andarão no caminho do Senhor, para fazer justiça e juízo. -- Manuscrito 133, 1898. ------------------------Capítulo 53 -- Frente unida Responsabilidades no governo compartilhadas LA 312 1 Unidos e com oração devem pai e mãe assumir a pesada responsabilidade de guiar corretamente a seus filhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 127. LA 312 2 Devem os pais trabalhar unidos como um todo. Não deve haver divisão. Muitos pais, porém, trabalham em oposição, e os filhos são assim prejudicados pela má direção. ... Acontece às vezes que um dos pais é demasiado condescendente e o outro demasiado severo. Esta diferença funciona contra os bons resultados na formação do caráter dos filhos. Nenhuma violência deve ser exercida na condução de reformas, mas ao mesmo tempo nenhuma condescendente fraqueza deve ser mostrada. A mãe não deve procurar esconder aos olhos do pai as faltas dos filhos, nem deve animá-los a fazer o que o pai proibiu. Nenhuma semente de dúvida deve a mãe plantar no espírito dos filhos quanto à sabedoria das decisões do pai. Não deve ela, por sua conduta, contrafazer a obra do pai. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. LA 312 3 Se pai e mãe estão em divergência, trabalhando um para contrapor-se à influência do outro, a família ficará em má condição, e nem o pai e nem a mãe receberá o respeito e a confiança necessários ao bom governo da família. ... As crianças são ativas no discernir qualquer coisa que lance reflexos sobre regras e regulamentos do lar, especialmente aqueles regulamentos que lhes restringem as ações. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. LA 313 1 Pai e mãe devem unir-se na disciplina dos filhos; cada um deve levar a sua parte de responsabilidade, reconhecendo diante de Deus a obrigação de educar de tal maneira sua prole que lhes sejam assegurados, tanto quanto possível, boa saúde física e caráter bem desenvolvido. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. Perigo de dar lições sobre o engano LA 313 2 Algumas mães bondosas toleram nos filhos erros que não deveriam ser suportados nem por um momento. Os malfeitos deles são muitas vezes ocultos ao pai. Artigos de toucador ou qualquer outra concessão é feita pela mãe, com entendimento de que o pai nada deva saber a esse respeito; pois ele reprovaria tais coisas. LA 313 3 Aí é ensinada eficazmente aos filhos uma lição de engano. Depois, se o pai descobre esses erros, são apresentadas desculpas, e a verdade é dita só pela metade. A mãe não é franca. Não considera como deve que o pai tem nos filhos o mesmo interesse que ela, e não deve ser mantido na ignorância dos erros ou tentações que precisam ser corrigidos neles enquanto jovens. Têm-se encoberto coisas. Os filhos conhecem a falta de união entre os pais, e isto tem seu efeito. E cedo começam a enganar, encobrir, dizer à mãe e ao pai de maneira diferente, do que na verdade as coisas são. O exagero torna-se hábito, e chegam a ser ditas grossas mentiras quase sem que a consciência se sinta acusada ou repreendida. LA 313 4 Esses erros começaram com a mãe esconder as coisas do pai, que tem igual interesse no caráter que os filhos estão formando. O pai devia ter sido consultado francamente. Tudo deveria ter-lhe sido exposto. A direção oposta, porém, tomada para ocultar os erros dos filhos, anima a disposição de enganar, a falta de veracidade e honestidade. -- Testemunhos Selectos 1:49, 50. LA 314 1 Deve haver sempre, da parte dos pais cristãos, o princípio de estarem unidos no governo dos filhos. Existe a este respeito uma culpa da parte de alguns pais -- a falta de união. Essa falta se encontra por vezes no pai, mas mais freqüentemente na mãe. A mãe amante mima os filhos e com eles condescende. O trabalho do pai muitas vezes o afasta de casa e do convívio dos filhos. A influência da mãe é que atua. Seu exemplo contribui muito para formar o caráter das crianças. -- Testemunhos Selectos 1:49. Pais em desavença, filhos confundidos LA 314 2 A família estável precisa ser bem organizada. Juntos pai e mãe devem considerar suas responsabilidades, e com clara compreensão assumir sua tarefa. Não deve haver divergência. Pai e mãe não devem jamais criticar planos e propósitos um do outro na presença dos filhos. Se a mãe é inexperiente no conhecimento de Deus, deve raciocinar da causa para o efeito, procurando verificar se sua disciplina é de molde a incrementar as dificuldades do pai ao esforçar-se ele pela salvação dos filhos. Estou seguindo o caminho do Senhor? Esta deve ser a principal pergunta. -- Manuscrito 79, 1901. LA 314 3 Se os pais não estão de acordo em alguma coisa, afastem-se da presença dos filhos até que uma solução seja encontrada. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. LA 314 4 Muitas vezes acontece não estarem os pais unidos no governo da família. O pai, que está com os filhos apenas pouco tempo, e ignora suas peculiaridades de disposição e temperamento, é ríspido e severo. Não controla o temperamento, mas corrige com ira. A criança sabe disto, e em vez de submeter-se, o castigo enche-a de ira. A mãe permite que a falta passe uma vez sem repreensão quando de outra vez puniu duramente. As crianças nunca sabem o que esperar, e são tentadas a ver até onde podem transgredir impunemente. Assim semeiam-se sementes do mal que germinarão e darão fruto. -- The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. LA 315 1 Se os pais estão unidos nesta obra de disciplina, os filhos compreenderão o que deles se requer. Mas se o pai, pela palavra ou por um olhar, não aprova a disciplina que a mãe impõe; se acha que ela é demasiado estrita e que ele deve compensar a dureza por mimos e condescendência, a criança ficará arruinada. Logo ela compreenderá que pode fazer o que apraz. Os pais que cometem este pecado contra os filhos são responsáveis pela ruína de suas almas. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. LA 315 2 Os anjos olham com intenso interesse cada família, a fim de ver como as crianças são tratadas pelos pais, tutores ou amigos. Que estranho desgoverno eles testemunham numa família onde pai e mãe estão em desacordo! O tom de voz do pai ou da mãe, suas palavras, e olhares -- tudo faz manifesto que não estão unidos na condução dos filhos. O pai lança censuras sobre a mãe e leva as crianças a desrespeitar a terna afeição da mãe pelos pequenos. A mãe pensa que é obrigada a conceder grande afeição aos filhos, adulando-os e mostrando-se condescendente, porque acha que o pai é duro e impaciente e ela deve trabalhar por anular a influência de sua severidade. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. Necessário muita oração e sóbria reflexão LA 315 3 A afeição não pode ser perdurável, mesmo no círculo do lar, a menos que haja uma conformidade da vontade e disposição com a vontade de Deus. Todas as faculdades e paixões devem ser postas em harmonia com os atributos de Jesus Cristo. Se pai e mãe unem seus interesses no amor e temor de Deus a fim de lograrem autoridade no lar, verão a necessidade de muita oração e muita sóbria reflexão. E ao buscarem a Deus, seus olhos serão abertos para verem os mensageiros celestiais presentes a fim de protegê-los em resposta à oração da fé. Eles vencerão as fraquezas do caráter e prosseguirão para a perfeição. -- Manuscrito 36, 1890. A suave corda do amor LA 316 1 Pai e mãe, uni vossos corações na mais íntima e feliz união. Não vivais separados, mas uni-vos um ao outro mais intimamente; então estareis preparados para unir o coração de vossos filhos ao vosso pela suave corda do amor. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. LA 316 2 Persisti em semear a semente para o tempo e a eternidade. Todo o Céu está observando os esforços do pai cristão. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. ------------------------Capítulo 54 -- A religião em família Definida a religião em família LA 317 1 Religião em família consiste em criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Cada membro na família deve ser nutrido pelas lições de Cristo, e o interesse de cada alma deve ser estritamente guardado, a fim de que Satanás não engane e afaste com seduções para longe de Cristo. Esta é a norma que cada membro da família deve ter em vista alcançar, e devem estar determinados a não fracassar nem se desanimar. Quando os pais são diligentes e vigilantes em sua instrução, e educam os filhos tendo em vista a glória de Deus, cooperam com Deus, e Deus coopera com eles na salvação da alma das crianças por quem Cristo morreu. -- Manuscrito 24b, 1894. LA 317 2 Instrução religiosa significa muito mais que instrução comum. Significa que deveis orar com vossos filhos, ensinando-lhes como se aproximar de Jesus e contar-Lhe todas as suas necessidades. Significa ainda que deveis mostrar em vossa vida que Jesus é tudo para vós, que Seu amor torna-vos paciente, bondoso, perdoador e não obstante firme em ordenar a vossos filhos depois de vós, como o fez Abraão. -- Carta 8a, 1896. LA 317 3 Tal como vos conduzis em vossa vida no lar, sois registrados nos livros do Céu. Aquele que espera tornar-se um santo no Céu, deve primeiro tornar-se santo em sua própria família. Se os pais e as mães são fiéis cristãos em família, serão membros prestimosos da igreja e aí capazes de conduzir as atividades bem como na sociedade, segundo a maneira em que conduzem o que concerne à família. Pais, não permitais que vossa religião seja simplesmente uma profissão, mas sim uma realidade. -- Manuscrito 89, 1894. A religião deve ser parte da educação do lar LA 318 1 A religião no lar é terrivelmente negligenciada. Homens e mulheres mostram o maior interesse em missões estrangeiras. Dão liberalmente para esse fim e procuram satisfazer sua consciência na suposição de que dando para a causa de Deus expiam sua negligência de dar um exemplo correto no lar. Mas o lar é seu campo especial, e nenhuma desculpa é aceita por Deus pela negligência deste campo. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899. LA 318 2 No lar em que a religião é coisa prática, grande bem é realizado. A religião levará os pais a fazer exatamente a obra que Deus lhes designou fizessem no lar. Os filhos serão criados no temor e admoestação do Senhor. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. LA 318 3 A razão por que os jovens do presente não são mais inclinados para a religião é que sua educação é defeituosa. Não se exerce para com os filhos verdadeiro amor quando se lhes permite tolerar paixões ou quando a desobediência a vossas determinações é deixada sem punição. Quando a haste é torta a árvore cresce inclinada. -- Testimonies for the Church 2:701. LA 318 4 Se se espera que a religião influencie a sociedade, deve ela influenciar primeiro o lar. Se os filhos forem ensinados no lar a amar a Deus, temê-Lo, quando saírem para o mundo estarão preparados para educar suas próprias famílias para Deus, e assim o princípio da verdade será implantado na sociedade e exercerá influência marcante no mundo. A religião não deve estar divorciada da educação do lar. -- The Signs of the Times, 8 de Abril de 1886. A religião no lar precede a religião na igreja LA 318 5 No lar é posto o fundamento da prosperidade da igreja. As influências que regem a vida no lar são levadas para a vida da igreja; portanto os deveres eclesiásticos devem começar no lar. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1898. LA 319 1 Quando tivermos bom lar religioso teremos boas reuniões religiosas. Sustentai a fortaleza do lar. Consagrai vossa família a Deus, e então falai e agi em casa como cristãos. Sede bondosos, longânimos, pacientes no lar, sabendo que sois professores. Cada mãe é uma mestra, e toda mãe deve ser aluna na escola de Cristo, a fim de poder saber como ensinar e poder dar a moldagem correta e a correta forma de caráter a seus filhos. -- Manuscrito 13, 1888. LA 319 2 Onde há falta de religião no lar, de nada vale profissão de fé. ... Muitos estão enganando a si mesmos por pensar que o caráter será transformado na vinda de Cristo, mas não haverá conversão de coração em Seu aparecimento. Temos que nos arrepender de nossos defeitos de caráter aqui, e pela graça de Cristo precisamos vencê-los enquanto dura a graça. Este é o lugar para nos prepararmos para a família do Alto. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. LA 319 3 É grandemente necessária a religião no lar, e nossas palavras aí devem ser de um justo caráter, ou nossos testemunhos na igreja de nada valerão. A menos que manifesteis mansidão, bondade e cortesia no lar, vossa religião será vã. Se houvesse mais genuína religião doméstica, mais poder haveria na igreja. -- Mensagens aos Jovens, 327. Terrível engano procrastinar a instrução religiosa LA 319 4 É coisa muito grave deixar que os filhos cresçam sem o conhecimento de Deus. -- The Signs of the Times, 23 de Abril de 1894. LA 319 5 Os pais cometem um terrível erro quando negligenciam a obra de dar a seus filhos instrução religiosa, pensando que tudo resultará bem no futuro, e que ao se tornarem mais velhos estarão ansiosos por uma experiência religiosa. Não vedes, pais, que se não plantardes a preciosa semente da verdade, do amor, de atributos celestiais, no coração, Satanás semeará o campo do coração com joio? -- The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1912. LA 320 1 Muitas vezes é permitido às crianças crescer sem religião, porque os pais pensam que são demasiado jovens para ter sobre si deveres cristãos. ... LA 320 2 A questão de deveres dos filhos no que respeita a matéria religiosa deve ser decidida de maneira absoluta e sem hesitação enquanto são membros da família. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. LA 320 3 Os pais estão no lugar de Deus em relação aos filhos a fim de dizer-lhes o que devem e o que não devem fazer, com firmeza e perfeito domínio próprio. Cada esforço por eles feito com bondade e autodomínio cultivará em seu caráter os elementos de firmeza e decisão. ... Pais e mães estão presos ao dever de estabelecer esta questão bastante cedo para que a criança não pense em quebrar o sábado, em negligenciar o culto religioso e a oração em família mais do que pensaria em roubar. Os pais devem, com as próprias mãos, construir a barreira. -- Manuscrito 119, 1899. LA 320 4 Desde a mais tenra idade uma educação sábia nos moldes cristãos deve começar a ser levada avante. Quando o coração das crianças é susceptível de impressão, deve-se-lhes ensinar sobre as realidades eternas. Os pais devem lembrar que estão vivendo, falando e agindo na presença de Deus. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. LA 320 5 Pais, que procedimento estais adotando? Estais agindo com base no pensamento de que em assuntos religiosos devem vossos filhos ser deixados livres de qualquer restrição? Estais deixando-os sem conselho ou admoestação através da meninice e juventude? Estais permitindo que façam o que bem lhes apraz? Se assim é, estais negligenciando as responsabilidades que Deus vos deu. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. Adaptar a instrução à idade LA 320 6 Tão logo sejam os pequenos capazes de compreender, devem os pais contar-lhes a história de Jesus, a fim de que bebam nas preciosas verdades concernentes à Criança de Belém. Imprimi na mente das crianças sentimentos de singela piedade adaptados aos seus anos e possibilidades. Levai vossos filhos em oração a Jesus, pois Ele lhes tem tornado possível o aprendizado da religião, ao aprenderem os rudimentos da linguagem falada. -- The Signs of the Times, 27 de Agosto de 1912. LA 321 1 Quando bem jovens, os filhos são suscetíveis a divinas influências. O Senhor toma essas crianças sob Seu especial cuidado; e quando são criadas na doutrina e admoestação do Senhor, tornam-se um auxílio, e não um entrave aos pais. -- The Signs of the Times, 23 de Abril de 1912. Ensino religioso no lar LA 321 2 Pai e mãe são responsáveis pela manutenção da religião no lar. -- Manuscrito 47, 1908. LA 321 3 Não acumule a mãe sobre si demasiados cuidados, de maneira que não possa dedicar tempo às necessidades espirituais de sua família. Busquem os pais a orientação de Deus em sua obra. Ajoelhados em Sua presença adquirirão verdadeira compreensão de suas grandes responsabilidades, e aí podem encomendar os filhos Àquele que jamais erra no conselho e instrução. ... LA 321 4 O pai de família não deve deixar à mãe todo o cuidado na ministração de ensino espiritual. Grande obra deve ser feita por pais e mães, e ambos devem desempenhar sua parte individual em preparar os filhos para a grande revista do juízo. -- Carta 90, 1911. LA 321 5 Pais, tomai convosco vossos filhos em vossos exercícios espirituais. Envolvei-os nos braços de vossa fé, e consagrai-os a Cristo. Não permitais que coisa alguma vos leve a recuar de vossa responsabilidade de educá-los retamente; não consintais que nenhum interesse secular vos induza a deixá-los para trás. Nunca permitais que vossa vida cristã os isole de vós. Levai-os convosco ao Senhor; educai-lhes a mente para que familiarizem com a divina verdade. Deixai-os associarem-se com os que amam a Deus. Levai-os ao povo de Deus como crianças cujo caráter próprio para a eternidade estais ajudando a edificar. -- The Signs of the Times, 23 de Abril de 1912. LA 322 1 A prática da religião no lar fará o trabalho que Deus deseja seja feito em cada família. As crianças serão educadas na doutrina e admoestação do Senhor. Serão educadas e instruídas, não para serem devotas da sociedade, mas membros da família do Senhor. -- Manuscrito 7, 1899. Os filhos esperam dos pais uma vida coerente LA 322 2 Tudo deixa sua impressão na mente juvenil. A fisionomia é estudada, a voz tem sua influência, o comportamento é por eles imitado bem de perto. Pais e mães irritadiços e impertinentes estão dando aos filhos lições que, algum dia, eles dariam o próprio mundo, se este lhes pertencesse, para desaprenderem. Os filhos precisam ver na vida dos pais aquela coerência que está em harmonia com sua fé. Por revelar uma vida coerente e exercer domínio próprio, os pais podem modelar o caráter dos filhos. -- Testimonies for the Church 4:621. Deus honra a família bem dirigida LA 322 3 Pais e mães que põem a Deus em primeiro lugar na família, ensinam os filhos a considerarem o temor de Deus como o princípio da sabedoria, glorificam a Deus diante dos anjos e dos homens, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem educada -- uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela. Cristo não será um estranho numa família assim; Seu nome ser-lhe-á familiar e O reverenciarão e glorificarão. Os anjos se deleitam numa família em que Deus reina soberano e os filhos são ensinados a honrar a religião, a Bíblia e o Criador. Essas famílias têm direito à promessa: "aos que Me honram, honrarei". 1 Samuel 2:30. -- Testemunhos Selectos 2:134. Como Cristo pode ser introduzido no lar LA 323 1 Quando Cristo está no coração, é introduzido na família. Pai e mãe sentem a importância de viver em harmonia com o Espírito Santo, de maneira que os anjos celestes, que ministram aos que hão de herdar a salvação, ministrarão para eles como mestres que são no lar, educando-os e preparando-os para a obra de ensinar os filhos. É possível ter no lar uma pequena igreja que honre e glorifique ao Redentor. -- Manuscrito 102, 1901. Tornar atrativa a religião LA 323 2 Tornai a vida cristã atrativa. Falai do país onde os seguidores de Cristo irão fazer sua morada. Ao proceder assim, Deus guiará vossos filhos em toda a verdade, enchendo-os com o desejo de se prepararem para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1901. LA 323 3 Não devem os pais compelir os filhos a ter uma religião formal, mas devem pôr diante deles os princípios eternos numa luz atrativa. -- The Signs of the Times, 27 de Agosto de 1912. LA 323 4 Os pais devem tornar a religião de Cristo atrativa pela alegria, pela cortesia cristã e por simpatia terna e compassiva; mas devem ser firmes no exigir respeito e obediência. Princípios retos devem ser estabelecidos no espírito da criança. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. LA 323 5 Precisamos apresentar aos jovens um incentivo para o reto proceder. Prata e ouro não são suficientes para isto. Revelemos-lhes o amor, misericórdia e graça de Cristo, a preciosidade de Sua Palavra, e a alegria de quem triunfa. Em esforços desta natureza fareis uma obra que perdurará através da eternidade. -- Manuscrito 93, 1909. Por que alguns pais falham LA 323 6 Alguns pais, embora professem ser religiosos, não põem diante dos filhos o fato de que Deus deve ser servido e obedecido, de que a conveniência, o prazer ou inclinação não devem interferir com o que Ele deles pede. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Salmos 111:10. Este fato deve estar entretecido na própria vida e caráter. A correta concepção de Deus mediante o conhecimento de Cristo, que morreu para que pudéssemos ser salvos, deve ser impressa na mente deles. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. LA 324 1 Podeis pensar, pais, que não tendes tempo para fazer tudo isto, mas deveis tomar tempo para fazer vossa obra na família, pois do contrário Satanás suprirá o que falta. Cortai fora de vossa vida tudo que impeça a execução desta obra, e educai vossos filhos segundo a ordem de Deus. Negligenciai tudo que for de natureza temporal, mostrai-vos satisfeitos em viver economicamente, restringi vossas necessidades, mas pelo amor de Cristo não negligencieis o ensino religioso vosso próprio e de vossos filhos. -- Manuscrito 12, 1898. Cada membro da família dedicado a Deus LA 324 2 As regras que Moisés deu concernentes à Páscoa são plenas de significado, e têm aplicação a pais e filhos nesta era do mundo. ... LA 324 3 O pai devia atuar como sacerdote da família, e se o pai fosse falecido, o filho mais velho devia realizar o solene ato de aspergir os umbrais da porta com o sangue. Este é um símbolo da obra a ser feita em toda família. Devem os pais reunir os filhos no lar e apresentar Cristo diante deles como sua Páscoa. O pai deve dedicar todo membro da família a Deus e fazer a obra que é representada pela festa da Páscoa. É perigoso depor este solene encargo nas mãos de outros. -- The Review and Herald, 21 de Maio de 1895. LA 324 4 Decidam os pais cristãos que serão leais a Deus, e disponham-se a reunir os filhos no lar consigo e assinalem os umbrais com sangue, representando a Cristo como o único que pode proteger e salvar, a fim de que o anjo destruidor passe por alto o feliz círculo da família. Que o mundo veja que uma influência mais que humana está em operação no lar. Mantenham os pais vital conexão com Deus, pondo-se do lado de Cristo, e mostrem por Sua graça que grande bem pode ser realizado por meio da ação paterna. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1895. ------------------------Capítulo 55 -- Normas de moral Satanás busca perverter a união matrimonial LA 326 1 Era o esforço calculado de Satanás [na era antediluviana] perverter a instituição do casamento, a fim de enfraquecer as obrigações próprias à mesma, e diminuir a sua santidade; pois de nenhuma outra maneira poderia ele com maior certeza desfigurar a imagem de Deus no homem, e abrir as portas à miséria e ao vício. -- Patriarcas e Profetas, 338. LA 326 2 Satanás bem conhece o material com que tem a lidar no coração humano. Ele sabe -- pois tem estudado com diabólica intensidade durante milhares de anos -- quais os pontos que mais facilmente podem ser assaltados no caráter de cada um; e durante gerações sucessivas tem ele operado a fim de subverter os homens mais fortes, os príncipes de Israel, pelas mesmas tentações que tiveram tanto êxito em Baal-Peor. O decurso de todos os séculos acha-se juncado de naufrágios de caracteres que deram de encontro aos recifes da condescendência sensual. -- Patriarcas e Profetas, 499. Tragédia em Israel LA 326 3 O crime que atraiu os juízos de Deus sobre Israel foi a licenciosidade. A ousadia de mulheres para enredar as almas não terminou em Baal-Peor. Apesar do castigo que alcançou os pecadores em Israel, o mesmo crime foi repetido muitas vezes. Satanás foi sobremodo ativo para conseguir a completa ruína de Israel. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1887. LA 326 4 As práticas licenciosas dos hebreus conseguiram destes o que todas as guerras com as nações e os encantamentos de Balaão não puderam. Ficaram separados do seu Deus. Seu amparo e proteção foram removidos. Deus Se lhes tornou em inimigo. Tão grande foi o número de príncipes e do povo culpado de licenciosidade que isto se tornou um pecado nacional, pois Deus Se irou com toda a congregação. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1887. A história há de repetir-se LA 327 1 Próximo ao fim da história da Terra, Satanás atuará com todo o seu poder da mesma maneira e com as mesmas tentações com que tentou o antigo Israel justo antes de entrarem na Terra Prometida. Ele armará laços para os que declaram guardar os mandamentos de Deus, e que estão quase nos limites da Canaã celestial. Ele utilizará ao máximo as suas faculdades a fim de enredar as almas e apanhar o povo de Deus em seus pontos mais fracos. Os que não têm colocado as paixões subalternas em sujeição às faculdades mais altas do ser, que têm permitido seja sua mente um canal de condescendências carnais das paixões mais baixas, a estes Satanás está determinado a destruir com suas tentações, a poluir-lhes a alma com licenciosidade. Ele não visa especialmente alvos mais baixos e menos importantes, mas faz uso de seus enganos por meio daqueles a quem pode contar como seus instrumentos para seduzir ou atrair os homens para que se entreguem a liberdades que são condenadas na lei de Deus. E homens em posições de responsabilidade, que ensinam os reclamos da lei de Deus, cuja boca está cheia de argumentos em vindicação da lei de Deus, e sobre os quais Satanás tem feito tal incursão -- sobre estes ele acumula suas diabólicas faculdades e seus instrumentos para que operem de molde a vencê-los em seus pontos fracos de caráter, sabendo que quem transgride um ponto se torna culpado de todos, obtendo assim completo domínio sobre o homem todo. A mente, a alma, o corpo e a consciência são envolvidos na ruína. Se ele é um mensageiro da justiça, e tem recebido grande luz, ou se o Senhor o tem usado como obreiro especial na causa da verdade, quão grande então é o triunfo de Satanás! Como ele exulta! Como Deus é desonrado! -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1887. Predomínio da imoralidade hoje LA 328 1 Foi-me apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniqüidade alastra-se por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial desta época. Jamais ergueu o vício a cabeça disforme com tal ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os amantes da virtude e da verdadeira piedade acham-se quase desanimados por sua ousadia, força e predominância. A abundante iniqüidade não se limita apenas aos incrédulos e zombadores. Quem dera que assim fosse, mas não é! Muitos homens e mulheres que professam a religião de Cristo, são culpados. Mesmo alguns que professam estar esperando Seu aparecimento não estão mais preparados para esse acontecimento do que o próprio Satanás. Não se estão purificando de toda poluição. Têm por tanto tempo servido a sua concupiscência, que lhes é natural pensar impuramente e ter corruptas imaginações. É tão impossível fazer com que sua mente demore nas coisas puras e santas, como seria desviar o curso do Niágara, e fazer com que suas águas jorrassem para cima. ... Todo cristão devia aprender a conter suas paixões e a deixar-se controlar pelo princípio. A menos que faça isto, é indigno do nome de cristão. -- Testimonies for the Church 2:346, 349. LA 328 2 O sentimentalismo doentio prevalece. Homens casados recebem atenção de mulheres casadas ou solteiras; e as mulheres parecem enfeitiçadas e perdem a razão e o discernimento espiritual e o bom senso; fazem precisamente o que a Palavra de Deus condena, justamente o que os testemunhos do Espírito de Deus desaprovam. Advertências e reprovações estão perante eles em linhas claras, e contudo seguem o mesmo caminho que outros trilharam antes deles. É como se estivessem empenhados numa apaixonante partida de jogo. Satanás leva-os a se arruinarem, a pôr em perigo a causa de Deus, a crucificarem de novo o Filho de Deus e a expô-Lo a franco vexame. Hebreus 6:6. -- Manuscrito 19a, 1890. LA 329 1 Ignorância, amor aos prazeres e hábitos pecaminosos corruptores da alma, do corpo e do espírito enchem o mundo de lepra moral; mortífera malária moral está destruindo milhares e dezenas de milhares. Que se fará para salvar nossa juventude? Pouco podemos fazer, mas Deus vive e reina, e Ele pode fazer muito. -- Manuscrito 8, 1894. Um contraste com o mundo LA 329 2 As liberdades deste século de corrupção não devem ser tomadas como critério para os seguidores de Cristo. Estas exibições comuns de familiaridade não devem existir entre cristãos que se estão preparando para a imortalidade. Se a lascívia, a impureza, o adultério, o crime e o assassínio constituem a ordem do dia entre os que não conhecem a verdade e que recusam ser regidos pelos princípios da Palavra de Deus, quão importante é que a classe dos que professam ser seguidores de Cristo, intimamente ligados a Deus e aos anjos, indique-lhes um caminho melhor e mais nobre! Quão importante que por sua pureza e virtude permaneçam eles em acentuado contraste com aquela classe que é controlada pelas paixões sensuais! -- Testimonies for the Church 2:459. Risco e perigo crescentes LA 329 3 Neste degenerado século muitos se encontrarão tão cegados para a malignidade do pecado que escolherão uma vida licenciosa, visto que ela satisfaz à natural e perversa inclinação do coração. Em vez de olhar ao espelho da lei de Deus e pôr o coração e o caráter à altura da norma divina, eles permitem que instrumentos de Satanás ponham a sua norma em seu coração. Homens corruptos consideram mais fácil interpretar mal as Escrituras para sustentá-los em sua iniqüidade do que abandonar sua corrupção e pecado e tornarem-se puros de coração e vida. LA 329 4 Há mais homens desta espécie do que muitos imaginam, e mais se multiplicarão com a aproximação do fim do tempo. -- Testimonies for the Church 5:141. LA 329 5 Quando o enfeitiçante poder de Satanás domina uma pessoa, Deus é esquecido, e exalta-se o homem, cheio de propósitos corruptos. A licenciosidade secreta é praticada por essas almas iludidas como uma virtude. É esta uma espécie de feitiçaria. ... Há sempre um enfeitiçante poder nas heresias e na licenciosidade. A mente é tão iludida que não pode arrazoar inteligentemente, e uma ilusão a está continuamente desviando da pureza. A visão espiritual torna-se manchada; e pessoas de moral até aí impoluta, tornam-se confusas debaixo dos enganadores sofismas daqueles agentes de Satanás, que professam ser mensageiros da luz. É esse engano que dá poder a tais agentes. Se se apresentassem ousadamente, fazendo em aberto os seus avanços, seriam repelidos sem hesitação alguma; mas operam primeiro no sentido de captar a simpatia e conseguir a confiança neles, como sendo homens santos, que se sacrificam pela causa de Deus. Como seus mensageiros especiais, começam então sua artificiosa obra de afastar almas da vereda da retidão, tentando anular a lei de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:34. Vida acima de censura LA 330 1 A mente de um homem ou mulher não decai num momento da pureza e santidade para a depravação, corrupção e crime. Leva tempo transformar o humano em divino, ou degradar o que foi formado à imagem de Deus em brutal ou satânico. Pela contemplação somos transformados. Embora formado segundo a imagem do seu Criador, o ser humano pode de tal maneira educar sua mente que o pecado por ele outrora aborrecido se tornará um prazer. Deixando de vigiar e orar, deixa de guardar a cidadela -- o coração -- e empenha-se no pecado e crime. A mente é degradada, e é impossível elevá-la da corrupção enquanto está sendo educada para escravizar as faculdades morais e intelectuais e levá-las em sujeição a paixões rudes. Deve ser sustentada guerra constante contra a mente carnal; e precisamos ser ajudados pela refinadora influência da graça de Deus, a qual elevará a mente e a acostumará a meditar no que é puro e santo. -- Testimonies for the Church 2:478, 479. LA 331 1 Não há segurança para homem algum, jovem ou idoso, a menos que sinta a necessidade de buscar de Deus conselho a cada passo. Somente os que mantêm íntima comunhão com Deus aprenderão a estimá-Lo acima dos homens, a reverenciar o que é puro, bom, humilde e manso. O coração precisa ser fortalecido como o de José. Então as tentações para que se afaste da integridade serão enfrentadas com decisão: "Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?" Gênesis 39:9. A mais forte tentação não é desculpa para o pecado. Não importa quão severa seja a pressão exercida sobre vós, o pecado é ato vosso. A sede da dificuldade é o coração não renovado. -- Manuscrito 19a, 1890. LA 331 2 Em vista dos tempos perigosos que atravessamos, não deveríamos, como um povo que guarda os mandamentos de Deus, renunciar todo pecado, iniqüidade e perversidade? Não deviam as mulheres que professam a verdade pôr-se em estrita guarda, a fim de não darem o menor pretexto para qualquer intimidade indevida? Poderão fechar muitas portas à tentação observando perfeito recato e conduta exemplar. -- Testemunhos Selectos 2:243. Altas normas de conduta para as mulheres LA 331 3 Escrevo com mágoa no coração que as mulheres deste século, casadas ou não, com demasiada freqüência não mantêm a reserva que é de esperar. São provocativas. Chamam a atenção de homens casados e solteiros, e os que possuem faculdades morais debilitadas são enredados. Essas coisas, se permitidas, enfraquecem o senso moral e cegam a mente, de maneira que o crime não parece pecaminoso. LA 331 4 São despertados pensamentos que o não seriam se a mulher tivesse mantido sua posição de modéstia e sobriedade. Ela pode não ter tido propósito doloso ou premeditado motivo, mas tem encorajado homens que são tentados, e que necessitam toda ajuda que possam obter dos que com eles se associam. Mediante circunspecção, reserva, não tomando liberdades, não recebendo atenções não permissíveis, mas preservando alto tono moral e impecável dignidade, muito mal pode ser evitado. -- Manuscrito 4a, 1885. LA 332 1 Há muito tem sido minha intenção falar a minhas irmãs e dizer-lhes que, pelo que o Senhor achou por bem mostrar-me de tempos em tempos, há grande falta entre elas. Não são cuidadosas em evitar "toda aparência do mal". 1 Tessalonicenses 5:22. Não são recatadas em seu comportamento, como convém a mulheres que professam piedade. Suas palavras não são selecionadas e bem escolhidas como devem ser as de mulheres que receberam a graça de Deus. Mostram-se demasiado familiares com seus irmãos. Demoram-se junto a eles, demonstrando preferir sua companhia. Sentem-se altamente lisonjeadas com sua atenção. LA 332 2 Segundo a luz que me foi dada, nossas irmãs devem seguir uma conduta bem diferente. Devem ser mais reservadas, manifestar menos ousadia, encorajando em si o "pudor e modéstia". 1 Timóteo 2:9. Tanto irmãos como irmãs condescendem demais com conversas espirituosas quando em companhia uns dos outros. Mulheres que professam piedade toleram muitos gracejos, anedotas e risos. Isto é impróprio e ofende o Espírito de Deus. Tais exibições revelam falta de verdadeiro refinamento cristão. Não fortalecem a alma em Deus, mas redundam em grandes trevas; afastam os puros, perfeitos anjos celestiais e levam os que se entregam a esses erros a um baixo nível. -- Testimonies for the Church 2:455. LA 333 1 As mulheres são muitas vezes tentadoras. Sob este ou aquele pretexto cativam a atenção dos homens, sejam casados ou solteiros, e continuam seduzindo-os até que tenham transgredido a lei de Deus, tornando-se inaptos para o trabalho, e sua alma esteja em grave risco. ... Se as mulheres quisessem corrigir sua conduta e tornar-se cooperadoras de Cristo, sua influência ofereceria menos perigo, mas com a sua real negligência quanto aos deveres domésticos e às exigências que Deus tem a seu respeito, sua influência se exerce com força em prejuízo da orientação legítima, suas faculdades se atrofiam, e sua obra não tem a aprovação divina. -- Testemunhos Selectos 2:238. LA 333 2 Há tantas senhoritas atrevidas, e senhoras audazes e petulantes, que têm a faculdade de insinuar-se tornando-se notadas, pondo-se na companhia de jovens, cortejando atenções, convidando para flertes a homens solteiros e casados, que a menos que a vossa face esteja dirigida para Cristo, firme como o aço, sereis arrastados para a rede de Satanás. -- Medicina e Salvação, 145. LA 333 3 Como embaixadora de Cristo, admoesto-vos a vós que professais a verdade presente, a que reprimais prontamente qualquer familiaridade impura e abandoneis a sociedade dos que inspirem sugestões impuras. Aborrecei esses degradantes pecados com o mais intenso ódio. Fugi daqueles que, mesmo em conversação, levariam a mente nesse sentido, pois "da abundância do seu coração fala a boca". ... Lucas 6:45. LA 333 4 Não deveis dar lugar nem por um momento a uma dissimulada sugestão impura, pois até isto mancharia a alma, assim como a água impura contamina o canal pelo qual flui. -- Testimonies for the Church 5:146, 147. LA 333 5 Uma mulher que permita uma palavra indecorosa ou má seja proferida em sua presença, não é o que Deus gostaria que fosse; quem quer que permita uma familiaridade indevida ou sugestão impura, não está preservando sua santa feminilidade. -- Manuscrito 4a, 1885. Protegidas por um sagrado círculo de pureza LA 334 1 Nossas irmãs devem encorajar a verdadeira mansidão; não devem ser ousadas, tagarelas, atrevidas, mas modestas e despretensiosas, cautelosas no falar. Devem cultivar a cortesia. Seria próprio e bem agradável a Deus serem bondosas, ternas, piedosas, perdoadoras e humildes. Se ocuparem esta posição, não serão objeto de indevida atenção de homens dentro ou fora da igreja. Todos sentirão que há um sagrado círculo de pureza em torno dessas mulheres tementes a Deus, que as abriga de qualquer liberdade não permissível. LA 334 2 Há da parte de algumas mulheres que professam piedade, deplorável liberdade de maneiras que leva ao erro e ao mal. Mas mulheres piedosas cujo coração e mente se ocupam com temas que fortalecem a pureza de vida, e que elevam a alma à comunhão com Deus, não serão facilmente desviadas do caminho da retidão e da virtude. Elas serão fortalecidas contra os enganos de Satanás; serão preparadas para resistir a seus artifícios sedutores. -- Testimonies for the Church 2:456. LA 334 3 Apelo a vós, como seguidoras de Cristo com exaltada profissão, a que acaricieis a gema de valor incalculável da modéstia. Isto protegerá a virtude. -- Testimonies for the Church 2:458. Controle dos pensamentos LA 334 4 Deves dominar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. No entanto, Deus exige isso de ti; é um dever que repousa sobre todo ser responsável. És responsável perante Deus pelos teus pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e excessivamente perigosos. Uma vez estabelecidos, é quase impossível rompê-los e dirigir o pensamento para temas puros, santos e elevados. -- Testimonies for the Church 2:561. Advertência contra a lisonja LA 335 1 Fico penalizada quando vejo homens serem louvados, lisonjeados, adulados. Deus revelou-me o fato de que alguns que recebem essas atenções são indignos de tomar nos lábios o Seu nome; no entanto são exaltados até o céu na estima de seres finitos, que apenas lêem o que está na aparência exterior. Minhas irmãs, jamais lisonjeeis ou aduleis pobres homens falíveis e sujeitos ao erro, sejam eles jovens ou adultos, casados ou solteiros. Não conheceis suas fraquezas, e não sabeis se essas mesmas atenções e esses profusos louvores não irão ser sua ruína. Sinto-me alarmada ante a imprevidência, a falta de sabedoria que muitos manifestam a este respeito. LA 335 2 Homens que estão fazendo a obra de Deus, e em cujo coração Cristo habita, não rebaixarão as normas de moralidade, mas procurarão sempre elevá-las. Não encontrarão prazer na adulação de mulheres ou em ser por elas lisonjeados. Digam os homens, casados ou solteiros: "Afaste-se! Não darei a mínima ocasião de que se fale mal de meu caráter. Meu bom nome é capital de muito mais valor do que ouro ou prata. Deixe-me preservá-lo imaculado. Se os homens assaltarem-me esse nome, não será porque eu lhes haja dado ocasião de fazê-lo, mas pela mesma razão por que falaram mal de Cristo -- porque odiavam a pureza e santidade de Seu caráter, pois este lhes era uma constante acusação." -- Testimonies for the Church 5:595. Se o pastor tenta LA 335 3 A mais leve insinuação, venha de que fonte vier, convidando-vos a condescender com o pecado ou a permitir a menor liberdade ilícita com vossa pessoa, seja rechaçada como o pior insulto a vossa digna feminilidade. O beijo em vossa face em lugar e ocasião impróprios, deve levar-vos a repelir com indignação o emissário de Satanás. Se parte de alguém colocado em posição elevada, no trato com coisas sagradas, então o pecado é dez vezes maior e deve levar a mulher ou jovem temente a Deus a retrair-se com horror, não apenas do pecado que teria cometido, mas da hipocrisia e violência de alguém a quem o povo respeita e honra como servo de Deus. -- Testimonies for the Church 2:458, 459. LA 336 1 Caso um ministro do evangelho não refreie suas paixões inferiores, se deixa de seguir o exemplo do apóstolo, e assim desonra sua profissão e fé a ponto de nem mesmo chamar de pecado a condescendência, nossas irmãs que professam piedade não devem por um instante sequer iludir-se ao pensamento de que o pecado ou o crime perde sua malignidade no mínimo que seja, pelo fato de seu pastor atrever-se a nele se envolver. O fato de os homens que se acham em posições de responsabilidade se mostrarem familiares com o pecado não deve diminuir a culpabilidade e a enormidade do pecado na mente de ninguém. O pecado deve parecer tão maligno, tão detestável, como tem sido considerado até agora; e a mente dos puros e elevados deve repelir e evitar aqueles que transigem com o pecado, como fugiria de uma serpente cuja picada fosse mortal. -- Testimonies for the Church 2:457. Fidelidade ao voto matrimonial LA 336 2 Quão cuidadoso deve ser o esposo e pai a fim de manter sua lealdade a seu voto matrimonial! Quão prudente deve ser, se não quiser pôr o pensamento em jovens e mesmo em mulheres casadas, o que não está em harmonia com a alta e santa norma -- os mandamentos de Deus! Cristo mostra serem os mandamentos excessivamente amplos, abrangendo mesmo os pensamentos, intentos e propósitos do coração. Aqui está onde muitos se fazem delinqüentes. As imaginações do seu coração não são de natureza pura e santa como Deus requer; e elevado como seja o seu chamado, talentosos como possam ser, Deus assinalará a iniqüidade neles e os responsabilizará como sendo mais culpados e dignos de Sua ira do que os que têm menos talento, menos luz e menos influência. -- Testimonies for the Church 5:594, 595. LA 337 1 Aos homens casados sou instruída a dizer: É a vossa esposa, à mãe de vossos filhos, que deveis vosso respeito e afeição. Vossas atenções devem ser dispensadas a eles, e vossos pensamentos devem demorar-se em planos para sua felicidade. -- Carta 231, 1903. LA 337 2 Têm-se-me mostrado famílias em que o marido e pai não manteve esta discrição que dignifica uma santa varonilidade pertinente a um seguidor de Cristo. Ele tem deixado de praticar atos de bondade e cortesia devidos a sua esposa, que diante de Deus e dos anjos ele prometeu amar, respeitar e honrar enquanto ambos vivessem. A jovem empregada para fazer o trabalho doméstico tem tomado atitudes ousadas sentindo-se livre para penteá-lo e demonstrando afetuosa atenção, e ele se mostra satisfeito, tolamente satisfeito. Em seu amor e atenção para com a esposa já não é tão exuberante como antes. Estai certos de que Satanás está operando neste caso. Respeitai vossa empregada, tratai-a bondosamente, com consideração, mas não mais que isto. Seja vosso comportamento de tal maneira que não dê lugar a familiaridades. -- Testimonies for the Church 2:461. Preservar o Recesso do Lar LA 337 3 Oh! quantas vidas se tornam amargas pelo ruir dos muros que guardam a intimidade de cada família, e que foram destinados a preservar sua pureza e santidade! Uma terceira pessoa é admitida na confiança da esposa, e seus particulares problemas de família são franqueados a um amigo especial. Isto é um artifício de Satanás para tornar esquivo o coração dos cônjuges. Oh, que isto tenha fim! Que quantidade de problema seria evitada! Encerrai em vosso próprio coração o conhecimento das faltas um do outro. Contai vossas mágoas apenas a Deus. Só Ele vos pode dar o conselho adequado e segura consolação que será pura, sem nenhum amargor. -- Testimonies for the Church 2:462. LA 338 1 Se uma mulher relata a outro homem suas dificuldades de família, ou se queixa do esposo, ela transgride seus votos matrimoniais; desonra seu esposo e derruba o muro erguido para preservar a santidade da ligação matrimonial; abre de par em par a porta e convida Satanás a entrar com suas tentações perigosas. Isso é exatamente o que Satanás deseja. Se uma mulher vai ter com um irmão cristão para lhe narrar suas mágoas, decepções e provas, dever-lhe-ia ele aconselhar -- se é que ela precisa confiar a alguém suas dificuldades -- a escolher irmãs como confidentes suas, e então não haverá aparência do mal, por cujo meio a causa de Deus possa sofrer opróbrio. -- Testemunhos Selectos 2:245. Como se guardar da apostasia LA 338 2 Falo ao nosso povo. Se vos aproximardes de Jesus e procurardes honrar vossa profissão mediante uma vida bem ordenada e conversação santa, vossos pés serão guardados de se desviarem para as veredas proibidas. Se tão-somente vigiardes e continuamente estiverdes em oração, se fizerdes tudo como se estivésseis na presença imediata de Deus, então estareis livres de ceder às tentações, e podereis esperar ser conservados puros, imaculados e santos até ao fim. Se retiverdes firmemente o princípio de vossa confiança até ao fim, vossos caminhos serão estabelecidos em Deus, e aquilo que a graça começou, a glória coroará no reino de nosso Deus. "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio-próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências." Gálatas 5:22-24. -- Testemunhos Selectos 2:38, 39. ------------------------Capítulo 56 -- Divórcio O casamento é um contrato por toda a vida LA 340 1 Na mente juvenil, o casamento se acha revestido de romance, e difícil é despojá-lo desse aspecto com que a imaginação o envolve, e impressionar a mente com o senso das pesadas responsabilidades compreendidas nos votos matrimoniais. Esses votos ligam os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar. -- Testemunhos Selectos 1:576. LA 340 2 Cada compromisso matrimonial deve ser cuidadosamente considerado, pois o casamento é um passo que se dá por toda a vida. Tanto o homem como a mulher devem considerar cuidadosamente se podem viver um ao lado do outro através de todas as dificuldades da vida, enquanto ambos viverem. -- Carta 17, 1896. Conceitos errôneos sobre o casamento LA 340 3 Entre os judeus era permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher se achava então em liberdade de casar outra vez. Este costume levava a grande infelicidade e pecado. No Sermão do Monte, Jesus declarou plenamente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." Mateus 5:32. LA 340 4 Quando, posteriormente, os fariseus O interrogaram acerca da legalidade do divórcio, Jesus apontou a Seus ouvintes a antiga instituição do casamento, segundo foi ordenada na criação. "Moisés", disse Ele, "por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, no princípio, não foi assim." Mateus 19:8. Ele lhes chamou a atenção para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo "muito bom". Gênesis 1:31. Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade. Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em matrimônio, dizendo: Um homem "deixará... o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gênesis 2:24), enunciou a lei do matrimônio para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem. -- O Maior Discurso de Cristo, 63, 64. LA 341 1 Jesus veio a nosso mundo para retificar erros e restaurar a imagem moral de Deus no homem. Sentimentos errôneos a respeito do casamento haviam-se estabelecido na mente dos mestres de Israel. Eles estavam tornando de nenhum efeito a sagrada instituição do casamento. O homem estava-se tornando tão endurecido que pela mais trivial desculpa podia separar-se de sua esposa, ou, se preferisse, podia separá-la dos filhos e mandá-la embora. Isto foi considerado grande mal e não raro era acompanhado de mais terrível sofrimento para a pessoa repudiada. LA 341 2 Cristo veio para corrigir esses males, e Seu primeiro milagre foi realizado por ocasião de um casamento. Assim anunciou Ele ao mundo que o casamento, quando puro e enobrecido, é uma sagrada instituição. -- Manuscrito 16, 1899. Conselho a alguém em vias de divorciar-se LA 341 3 Tuas idéias com respeito à relação matrimonial têm sido errôneas. Nada senão a violação do leito conjugal pode quebrar ou anular o voto matrimonial. Estamos vivendo em tempos perigosos, quando não há segurança em coisa alguma, salvo na firme e inamovível fé em Jesus Cristo. Não há coração que não se possa extraviar-se de Deus pelos enganos de Satanás, se não vigiar em oração. LA 341 4 Tua saúde estaria em muito melhor condição, estivesse tua mente em paz e repouso; mas tem-se ela tornado confusa e desequilibrada, e raciocinas incorretamente com relação ao divórcio. Teus pontos de vista não podem ser sustentados no terreno em que arrazoas. Não estão os homens em liberdade de fazer uma norma de lei para si, a fim de abandonar a lei de Deus e satisfazer a suas próprias inclinações. Devem eles consultar a elevada norma moral de justiça divina. ... LA 342 1 Deus reconhece apenas um motivo pelo qual a esposa pode deixar seu marido ou o marido a sua esposa: o adultério. Seja esta questão cuidadosamente considerada. -- Carta 8, 1888. Conselho a um casal separado LA 342 2 Meu irmão, minha irmã, por algum tempo não tendes vivido juntos. Não devíeis ter seguido este caminho, e não o teríeis, se tivésseis ambos cultivado a paciência, a bondade, a tolerância que devem existir entre marido e mulher. Nenhum de vós devia impor a própria vontade e procurar executar as próprias idéias e planos sejam quais forem as conseqüências. Nenhum dos dois devia estar determinado a fazer o que melhor lhe aprouver. Deixai que a suavizante, subjugante influência do Espírito de Deus opere em vossos corações e vos capacite para a obra de educar vossos filhos. ... Apelai a vosso Pai celestial para que vos livre de render à tentação de falar de maneira dura, voluntariosa, impaciente um ao outro -- o marido à esposa, e esta ao marido. Tendes ambos caráter imperfeito. Como não vos haveis colocado sob o controle de Deus, vossa conduta de um para com o outro não tem sido sábia. LA 342 3 Suplico-vos que vos coloqueis sob o controle de Deus. Quando tentados a falar de maneira provocante, procurai nada dizer. Sereis tentados neste ponto, porque nunca vencestes este objetável traço de caráter. Mas todo mau hábito deve ser vencido. Fazei completa entrega a Deus. Caí sobre a Rocha, Cristo Jesus, e sede quebrantados. Como marido e mulher, disciplinai-vos a vós mesmos. Ide a Cristo em busca de auxílio. Ele de boa vontade vos suprirá com Sua divina simpatia, Sua livre graça. ... LA 343 1 Arrependei-vos diante de Deus de vossa conduta passada. Entrai em acordo, e reconciliai-vos como esposo e esposa. Lançai para longe a infeliz, desagradável experiência de vossa vida passada. Tornai coragem no Senhor. Fechai as janelas da alma para a terra, e abri-as em direção ao Céu. Se elevais vossas vozes ao Céu em oração em busca de luz, o Senhor Jesus, que é luz e vida, paz e alegria, ouvirá vosso clamor. Ele, o Sol da Justiça, resplandecerá nas recâmaras de vossa mente, iluminando o templo da alma. Se saudardes o calor de Sua presença no lar, não proferireis palavras que gerem sentimentos de infelicidade. -- Carta 47, 1902. Conselho a uma esposa maltratada LA 343 2 Recebi tua carta, e em resposta direi: Não aconselho o teu retorno a D., a menos que vejas nele decidida mudança. O Senhor não Se agrada das idéias que ele tem tido quanto ao que é devido a uma esposa. ... Se mantém suas opiniões anteriores, o futuro não te será melhor do que o foi o passado. Ele não sabe como tratar uma esposa. LA 343 3 Sinto-me muito triste com isto. Penaliza-me naturalmente por D., mas não posso aconselhar-te a voltares para ele contra o teu discernimento. Falo-te com a mesma sinceridade como falei a ele; ser-te-ia perigoso colocar-te outra vez debaixo de sua ditadura. Eu esperava que ele mudasse. ... LA 343 4 O Senhor sabe tudo sobre tua experiência. ... Tem ânimo no Senhor; Ele não te deixará nem te desamparará. Meu coração abre-se na mais terna simpatia para contigo. -- Carta 148, 1907. Conselho a um marido abandonado pela esposa LA 344 1 Não vejo que mais se pode fazer neste caso, e penso que a única coisa que podes fazer é desistir de tua esposa. Se ela está assim determinada a não viver em tua companhia, sereis ambos muito infelizes se o tentardes. Visto que ela inteira e determinadamente escolheu sua sorte, a única coisa que podes fazer é tomar tua cruz e proceder como homem. -- Carta 40, 1888. Divorciados, mas ainda casados à vista de Deus LA 344 2 Uma mulher pode estar legalmente divorciada do marido pelas leis do país, mas não divorciada à vista de Deus e de acordo com a lei mais alta. Só há um pecado, o adultério, que pode pôr o esposo e a esposa em posição de se sentirem livres do voto matrimonial à vista de Deus. Embora as leis do país possam permitir o divórcio, à luz da Bíblia continuam como marido e esposa, segundo as leis de Deus. LA 344 3 Vi que a irmã _____, por ora, não tem direito de desposar outro homem; mas se ela, ou qualquer outra mulher, obtiver um divórcio legal na base de adultério por parte do marido, então está livre para casar com quem quiser. -- Manuscrito 2, 1863; Carta 4a, 1863. Separação de um cônjuge incrédulo LA 344 4 Se a esposa é incrédula e opositora, o marido não pode, em face da lei de Deus, abandoná-la só por isto. Para estar em harmonia com a lei de Jeová, ele deve coabitar com ela, a menos que ela mesma escolha a separação. Ele pode sofrer a oposição e ser molestado de muitas maneiras; mas encontrará conforto, força e sustento da parte de Deus, que lhe pode dar graça para toda emergência. Deve ser um homem de mente pura, decididamente de princípios firmes, e Deus lhe dará sabedoria quanto ao caminho que deve seguir. O impulso não lhe controlará a razão, mas a razão manterá as rédeas do controle em sua mão firme, para que a luxúria seja contida nos freios. -- Carta 8, 1888. Uma esposa aconselhada a mudar de disposição LA 345 1 Recebi uma carta de teu marido. Eu diria que só há uma razão pela qual o marido pode legitimamente separar-se de sua esposa ou a esposa de seu marido: o adultério. LA 345 2 Se não sois de temperamentos compatíveis, não seria uma glória para Deus mudardes tal disposição? LA 345 3 Marido e mulher devem cultivar respeito e afeição um pelo outro. Devem guardar o espírito, as palavras e as ações a fim de que nada seja dito ou feito que irrite ou moleste. Deve cada um ter cuidado do outro, fazendo tudo em seu poder para fortalecer sua mútua afeição. LA 345 4 Digo a ambos que busquem ao Senhor. Em amor e bondade cumpri vosso dever de um para com o outro. O marido deve cultivar hábitos industriosos, fazendo o melhor para sustentar a família. Isto levará sua esposa a ter respeito por ele. ... LA 345 5 Minha irmã, não podes agradar a Deus mantendo tua presente atitude. Perdoa teu esposo. É teu marido e serás abençoada procurando ser uma esposa fiel, afetuosa. Deixa que a lei da bondade esteja em teus lábios. Podes e necessitas mudar de atitude. -- Carta 168, 1901. LA 345 6 Necessitais ambos de estudar como vos assemelhareis, em vez de diferir, um com o outro. ... O uso de métodos brandos, delicados, fará surpreendente diferença em vossa vida. -- Carta 157, 1903. Adultério, divórcio e os membros da igreja LA 346 1 Com respeito ao caso da ofendida irmã. A. G., diríamos em resposta às perguntas de _____ que é uma característica comum nos casos da maioria dos que têm sido apanhados em pecado, como o foi o seu marido, não terem eles real senso de sua crueldade. Alguns, entretanto, o sentem, e têm sido restaurados à comunhão da igreja, mas não antes que tenham merecido a confiança do povo de Deus, em virtude de confissão incondicional e um período de sincero arrependimento. Este caso apresenta dificuldades não encontradas em alguns, e poderíamos acrescentar apenas o seguinte: LA 346 2 1. Nos casos de violação do sétimo mandamento onde a parte culpada não manifesta verdadeiro arrependimento, se a parte ofendida pode obter o divórcio sem tornar pior a situação de ambos e dos filhos, se os têm, devem separar-se. LA 346 3 2. Se há possibilidade de ficarem eles próprios e os filhos em situação pior pelo divórcio, não conhecemos nenhum texto bíblico que declare culpada a parte inocente por não se separarem. LA 346 4 3. Templo, trabalho, oração, paciência, fé e uma vida piedosa podem realizar uma reforma. Viver com alguém que tenha quebrado o voto matrimonial e é coberto por toda a parte com a desgraça e a vergonha do amor culpado, e não o sente, é um cancro devorador para a alma; e contudo o divórcio é uma eterna e profunda mágoa. Que Deus tenha piedade da parte inocente! O casamento deve ser considerado muito antes de contraído. LA 346 5 4. Ora, ora! Homens e mulheres que podiam ser respeitáveis e bons e alcançar o Céu vendem-se afinal ao diabo por baixo preço, ferindo o coração de seus amigos, desgraçando suas famílias, acarretando descrédito sobre a causa e indo afinal para o inferno. Deus tenha misericórdia! Por que os que são apanhados no crime não manifestam arrependimento proporcional à enormidade do crime e não escapam para Cristo em busca de misericórdia, a fim de curar, tanto quanto possível, as feridas que fizeram? LA 347 1 5. Mas, se eles não fizerem o que devem, e o inocente tiver perdido o direito legal ao divórcio, por viver com o culpado após sua culpa ser conhecida, não julgamos que o inocente esteja em pecado por não se separar, e seu direito moral de ir embora parece questionável, se sua saúde e vida não correrem grande risco com a permanência. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1868. ------------------------Capítulo 57 -- Atitude em relação a um companheiro descrente Deve uma esposa cristã abandonar o marido descrente? LA 348 1 Tenho recebido cartas de mães referindo suas provações no lar e pedindo o meu conselho. Um destes casos servirá para ilustrar muitos outros. O marido e pai não é crente, e tudo se torna difícil para a esposa na educação dos filhos. O marido é um homem profano, vulgar e abusivo em sua linguagem para com a esposa, e ensina os filhos a desacatar-lhe a autoridade. Quando ela está procurando orar com eles, ele entra e faz todo o barulho que pode, amaldiçoando a Deus e lançando injúrias sobre a Bíblia. Ela está tão desencorajada que a vida lhe é um fardo. Que bem pode ela fazer? Que benefícios podem advir a seus filhos permanecendo ela no lar? Ela tem sentido um fervente desejo de fazer alguma coisa na vinha do Senhor, e pensa que deve ser melhor deixar a família do que permanecer no lar, dado que o marido e pai está constantemente ensinando os filhos a desrespeitá-la e desobedecer-lhe. LA 348 2 Em tais casos meu conselho seria: Mães, sejam quais forem as provas a que fordes chamadas a enfrentar através de pobreza, de feridas de alma, de atitude dura e tirânica do marido e pai, não abandoneis os filhos; não os deixeis sob a influência de um pai ímpio. Vossa obra é contrafazer a obra do pai, o qual está evidentemente sob o controle de Satanás. -- Carta 28, 1890. Dar um vivificante exemplo de domínio próprio LA 349 1 Tens provações, eu o sei, mas alguma coisa existe revelando um espírito de compelir em vez de atrair. Teu marido precisa ver diariamente um exemplo vivificante de paciência e domínio próprio. Faze todo o esforço por comprazê-lo, sem sacrificar com isto um só princípio da verdade. ... LA 349 2 Cristo requer em Seu serviço a presença do ser todo -- coração, alma, mente e força. Dando-Lhe o que te pede, estarás representando-O no caráter. Que teu marido veja o Espírito Santo operando em ti. Sê cuidadosa e considerada, paciente e tolerante. Não procures impingir-lhe a verdade. Cumpre teu dever como esposa, e vê se o coração não é tocado. Tuas afeições não necessitam ser alienadas de teu esposo. Mostra-lhe todo agrado possível. Não permitas que tua fé religiosa te segregue. Conscienciosamente obedece a Deus, e agrada a teu marido em tudo que puderes. ... LA 349 3 Seja visto de todos que amas a Jesus e nEle confias. Dai a teu marido e teus amigos crentes e incrédulos uma prova de que desejas que vejam a beleza da verdade. Mas não mostres essa penosa, aflitiva ansiedade que muitas vezes arruína a boa obra. ... LA 349 4 Não permitas nunca que uma só palavra de reprovação ou censura caia nos ouvidos de teu marido. Passas muitas vezes por dificuldades, mas não menciones essas provas. O silêncio é eloqüência. Palavras precipitadas apenas farão aumentar tua infelicidade. Mostra-te contente e feliz. Leva para dentro de teu lar toda alegria possível, e expulsa as sombras. Permite que os brilhantes raios do Sol da Justiça penetrem nas recâmaras do templo de tua alma. Então a fragrância da vida cristã será levada a toda a família. Não haverá então o demorar-se em coisas desagradáveis, que muitas vezes não têm verdade em si. -- Carta 145, 1900. Esposa aconselhada a conservar a alegria LA 350 1 Tendes agora dupla responsabilidade, visto que teu marido afastou-se de Jesus. ... LA 350 2 Sei que te deve ser demasiado penoso permanecer só, no que respeita a cumprir a Palavra. Mas quem sabe, ó esposa, se tua consistente vida de fé e obediência não irá trazer de volta à verdade teu marido? Sejam as queridas criancinhas levadas a Jesus. Em linguagem simples fala-lhes as palavras da verdade. Canta-lhes cânticos atrativos, alegres, que revelem o amor de Cristo. Leva teus filhos a Jesus, pois Ele ama as criancinhas. LA 350 3 Conserva a alegria. Não te esqueças de que tens um Consolador, o Espírito Santo, que Cristo indicou. Nunca estás só. Se ouvires a voz que agora te fala, se responderes sem demora às batidas à porta de teu coração, dizendo: "Entra, Senhor Jesus, para que eu ceie contigo, e Tu comigo", o Hóspede celestial entrará. Quando este Elemento, que é todo divino, habita contigo, há paz e descanso. -- Carta 124, 1897. Manter princípios cristãos LA 350 4 O lar onde Deus não é adorado é como um navio no meio do mar sem um piloto ou sem leme. A tempestade o aflige e sacode, e há o perigo de que todos a bordo venham a perecer. Considera tua vida e a vida de teus filhos como preciosas por amor de Cristo, pois terás de encontrar-te com eles e com teu esposo ante o trono de Deus. Teus firmes princípios cristãos não devem ser enfraquecidos, porém fortalecidos mais e mais. Quanto mais teu marido se mostrar molesto, quanto mais fortemente ele se te opuser, mais fiel e coerente firmeza cristã deves mostrar. E então seja o que for que ele possa dizei, no coração e na razão não te pode senão respeitar, se tiver um coração de carne. -- Carta 76, 1896. As reivindicações de Deus devem vir primeiro LA 351 1 Foi-me então mostrada sua nora. Ela é amada de Deus, mas mantém-se em servil cativeiro, tremendo, temendo, desalentada, duvidando e muito nervosa. Esta irmã não deve sentir que precisa render sua vontade a um jovem sem Deus, com menos idade do que ela. Ela deve lembrar que seu casamento não destrói sua individualidade. Deus tem sobre ela direitos mais altos que quaisquer direitos terrenos. Cristo comprou-a com o Seu sangue. Ela não pertence a si mesma. Ela deixa de pôr sua inteira confiança em Deus e aceita render suas convicções, sua consciência, a um homem opressor, tirânico, animado por Satanás sempre que sua satânica majestade possa atuar com eficácia por seu intermédio para intimidar este coração esquivo e tremente. Tantas vezes tem ela sido posta em agitação que seu sistema nervoso está destroçado e ela não é mais que uma ruína. É a vontade do Senhor que esta irmã esteja neste estado e Deus fique na falta de seu serviço? Não. Seu casamento foi uma armadilha do diabo. Contudo ela deve agora fazer o melhor que lhe for possível, deve tratar o marido com ternura, e fazê-lo tão feliz quanto puder, sem violar sua consciência; pois se ele persistir em sua rebelião, este mundo é o único céu que terá. Mas ficar sem o privilégio de reuniões, para satisfazer a um marido opressor possuído do espírito do dragão, não está de acordo com a vontade de Deus. -- Testimonies for the Church 2:99, 100. LA 351 2 "E outro disse: Casei e, portanto, não posso ir." Lucas 14:20. O pecado deste homem não era o haver-se casado, mas em haver desposado alguém que desviou a mente dos mais altos e mais importantes interesses da vida. Jamais devia um homem permitir que a esposa ou o lar lhe afastassem os pensamentos de Cristo ou levassem-no a recusar aceitar o gracioso convite do evangelho. -- Manuscrito 24, 1891. Melhor salvar parte que perder toda a família LA 352 1 Irmão K, tens tido muitos desânimos; mas necessitas ser fervoroso, firme e decidido em cumprir teu dever em família, levando-os contigo, se possível. Não deves poupar esforços para prevalecer sobre eles no sentido de te acompanharem na jornada para o Céu. Mas se a mãe e os filhos não escolherem acompanhar-te, mas procurarem desviar-te de teus deveres e privilégios religiosos, deves prosseguir, ainda que tenhas de ir só. Precisas viver no temor de Deus. Tens de aproveitar tuas oportunidades de assistir às reuniões e adquirir toda força espiritual que puderes, pois dela necessitas nos dias por vir. A propriedade de Ló foi toda ela consumida. Se tiveres de suportar a perda, não deveis desanimar; e se puderes salvar unicamente uma parte de tua família, será muito melhor que perdê-la toda. -- Testimonies for the Church 4:112, 113. ------------------------Capítulo 58 -- A família do pastor Vida do pastor no lar deve ser exemplo LA 353 1 É o desígnio de Deus que, em sua vida doméstica, o mestre da Bíblia seja um exemplo das verdades que ensina. O que um homem é, exerce maior influência do que o que diz. A piedade na vida diária dará força ao testemunho público. A paciência, a coerência e o amor impressionarão os corações de maneira que os sermões não podem conseguir. -- Obreiros Evangélicos, 204. LA 353 2 Se devidamente conduzida, a educação dos filhos do pastor ilustra as lições que ele dá no púlpito. Mas se, em virtude de errônea educação dada aos filhos, o pastor mostra sua incapacidade de governar e controlar, necessita aprender que Deus requer dele discipline convenientemente os filhos que lhe foram dados, antes que possa desempenhar seu dever como pastor do rebanho de Deus. -- Carta 1, 1877. Primeiro dever é para com os filhos LA 353 3 Os deveres do pastor jazem em torno dele, próximos e distantes; mas seu primeiro dever é para seus filhos. Ele não se deve absorver tanto com os deveres exteriores que negligencie as instruções que seus filhos necessitam. Talvez considere os deveres do lar como de menor importância; em realidade, porém, esses deveres se encontram na própria base do bem-estar dos indivíduos e da sociedade. A felicidade de homens e mulheres, e o êxito da igreja, dependem, em grande parte, da influência doméstica. ... LA 353 4 Coisa alguma pode desculpar o pastor de negligenciar o círculo interior, pelo mais amplo círculo externo. O bem-estar espiritual de sua família, vem em primeiro lugar. No dia do final ajuste de contas, Deus há de perguntar que fez ele para atrair para Cristo aqueles que tomou a responsabilidade de trazer ao mundo. O grande bem, feito a outros, não pode cancelar o débito que ele tem para com Deus, quanto a cuidar dos próprios filhos. -- Obreiros Evangélicos, 204. A grande influência do pastor LA 354 1 Os filhos dos pastores são, em certos casos, os mais negligenciados do mundo, pela razão de que os pais não estão com eles senão por pouco tempo, e ficam na liberdade de escolher suas ocupações e entretenimentos. -- Obreiros Evangélicos, 206. LA 354 2 Mas, por maiores que sejam os males da infidelidade paterna sob qualquer circunstância, são eles dez vezes maiores quando existentes nas famílias daqueles que são designados para ensinadores do povo. Quando estes deixam de governar a sua casa, estão, pelo seu mau exemplo, transviando a muitos. Sua culpa é tanto maior do que a dos outros quanto sua posição é de maior responsabilidade. -- Patriarcas e Profetas, 579. Esposa e filhos, os melhores juízes de sua piedade LA 354 3 Não é tanto a religião do púlpito quanto a da família que revela nosso verdadeiro caráter. A esposa do pastor, seus filhos e os que estão empregados como auxiliares em sua família são o juiz mais bem qualificado de sua piedade. Um homem bom será uma bênção a sua casa. Esposa, filhos e empregados serão o melhor para sua religião. LA 354 4 Irmãos, levai a Cristo na família, levai-O para o púlpito, levai-O convosco aonde quer que fordes. Assim não necessitareis de apelar aos outros para que apreciem o ministério, pois estareis levando as credenciais do Céu com que provareis a todos que sois servos de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:161. A esposa do pastor, ajuda ou obstáculo? LA 354 5 Quando um homem aceita as responsabilidades de pastor, declara ser um porta-voz de Deus, para receber as palavras da boca de Deus e dá-las ao povo. Quão intimamente então deve ele conservar-se ao lado do Grande Pastor; quão humildemente deve andar diante de Deus, ocultando-se a si mesmo para exaltar a Cristo! E quão importante é que o caráter de sua esposa seja segundo o padrão da Bíblia, e que seus filhos estejam em sujeição com toda a seriedade! LA 355 1 A esposa de um pastor pode ser a mais bem-sucedida ajudadora e uma grande bênção a seu marido ou um estorvo em sua obra. Depende muito da esposa se seu marido subirá dia a dia em sua esfera de utilidade ou se descerá ao nível vulgar. -- Carta 1, 1877. LA 355 2 Vi que a esposa do pastor deve ajudar o marido em seus labores, e ser exata e cuidadosa quanto à influência que exerce; pois é observada, e espera-se mais dela do que das outras. Seu vestuário deve ser um exemplo. Sua vida e conversação também devem ser exemplares, exalando um cheiro de vida e não de morte. Vi que deve assumir atitude humilde, mansa, e todavia exaltada, não se dando a conversações que não tendam a dirigir a mente para o Céu. A grande questão deve ser: "Como posso salvar minha própria alma, e ser instrumento para salvar a outros?" Vi que neste assunto, não é aceitável a Deus uma obra de coração dividido. Ele quer todo o coração e o interesse todo; do contrário, nada. A influência da esposa, ou fala decidida, inequivocamente em favor da verdade, ou contra ela. Ou ela ajunta com Jesus, ou espalha. A esposa não santificada é a maior maldição que um pastor possa ter. -- Testemunhos Selectos 1:37, 38. LA 355 3 Satanás está sempre em atividade para enganar e levar ao extravio pastores aos quais Deus escolheu para pregar a verdade. A mais eficaz maneira em que ele pode atuar é mediante as influências do lar, por meio de companheiras não consagradas. Se lhes pode controlar a mente, logra através dela mais prontamente ganhar acesso ao marido, que está laborando na palavra e na doutrina para ganhar almas. ... Satanás não tem tido mãos a medir em controlar as atividades dos pastores mediante a influência de companheiras comodistas e egoístas. -- Testimonies for the Church 1:449, 451. Palavras de conselho aos pastores LA 356 1 Tendes um dever a cumprir no lar, ao qual não podeis fugir e ainda ser leais a Deus e ao encargo que Ele vos confiou. ... O campo do evangelho é o mundo. Desejais semear o campo com a verdade evangélica, esperando que Deus regue a semente semeada para que dê fruto. Foi-vos confiada uma pequena parte do campo; mas vosso próprio jardim é deixado a crescer com sarças e espinhos, enquanto estais empenhados em capinar jardins alheios. Esta não é uma pequena obra, mas uma tarefa momentosa. Estais pregando o evangelho a outros; praticai-o vós mesmos no lar. -- Testimonies for the Church 4:381. LA 356 2 Até que possais estar unidos na obra de disciplinar convenientemente o filho, deixai a esposa ficar com a criança afastada do cenário de atividade do marido; pois nenhum exemplo de desleixo, de frouxidão na disciplina, deve ser dado à igreja de Deus. LA 356 3 Tenho conhecido muitos pastores que eram bastante imprudentes para andar viajando, levando consigo uma criança indisciplinada. Seus trabalhos no púlpito eram frustrados pelo temperamento desagradável manifesto por seus filhos. -- Carta 1, 1877. Interessar-se pelos filhos de outros LA 356 4 Vosso interesse não deve ser absorvido em vossa própria família com exclusão de outros. Se desfrutais a hospitalidade de vossos irmãos, podem eles com razão esperar alguma coisa em retribuição. Identificai vossos interesses com os dos pais e filhos, e procurai instruir e abençoar. Santificai-vos para a obra de Deus, e sede uma bênção para os que vos hospedam, conversando com os pais, e de maneira nenhuma passeis por alto os filhos. Não penseis que vosso próprio filho é mais precioso à vista de Deus que outras crianças. -- Testimonies for the Church 4:382. Conselho a um apostatado filho de pastor LA 357 1 Teu pai é pastor, e Satanás trabalha muito zelosamente para levar os filhos dos pastores a desonrar seus pais. Se possível os levará cativos a sua vontade e os induzirá com más propensões. Permitirás que Satanás opere por teu intermédio para destruir a esperança e consolo de teus pais? Serão eles obrigados a olhar para ti com tristeza contínua porque te entregas ao controle de Satanás? Deixá-los-ás desencorajados em pensar que trouxeram ao mundo filhos que recusam ser por eles instruídos, que seguem suas próprias inclinações aconteça o que acontecer? ... LA 357 2 Tens bons impulsos, e despertas esperanças e expectação no espírito de teus pais; mas até agora tens sido impotente para resistir à tentação, e Satanás exulta com tua prontidão em fazer o que ele deseja. Às vezes fazes afirmações que inspiram esperança a teus pais, mas logo fracassas porque não resistes ao inimigo. Não imaginas quanto dói a teu pai e tua mãe quando estás do lado de Satanás. Muitas vezes dizes: "Não posso fazer isto", e "não posso fazer aquilo", quando sabes que o que estás dizendo que não podes fazer é correto fazer. Podes lutar contra o inimigo, não em tua própria força, mas na força que Deus está sempre pronto a te conceder. Se confiares em Sua Palavra, jamais dirás: "Não posso." ... LA 357 3 Eu apelo a ti em nome do Senhor a que voltes antes que seja demasiado tarde. Porque és filho de pais que são coobreiros de Deus, supõe-se que és rapaz bem-intencionado; mas às vezes, por teus extravios, desonras teu pai e tua mãe e contrafazes a obra que eles estão procurando fazer. Não tem tua mãe já bastante com que sentir o espírito oprimido sem teus extravios? Continuarás a perseguir tal curso de ação que o coração de teu pai se renderá quebrantado? Ser-te-á um prazer ter todo o Céu olhando para ti com desprazer? É uma satisfação para ti colocar-te nas fileiras do inimigo, para seres por ele dirigido e controlado? LA 358 1 Oh, se agora, no tempo que se chama hoje, tornasses para o Senhor! Cada uma de tuas ações te está fazendo melhor ou pior. Se tuas ações são do lado de Satanás, deixam atrás de si uma influência que continua a manifestar seus maléficos resultados. Unicamente os puros, limpos, e santos, podem entrar na cidade de Deus. "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hebreus 3:15), mas torna para o Senhor, para que o caminho que estás seguindo não deixe um rastro de desolação. -- Carta 15a, 1896. Tratar as crianças com bondade e cortesia LA 358 2 Que a bondade e cortesia do pastor se manifeste no trato para com as crianças. Convém que tenha sempre em mente que os mesmos são homens e mulheres em miniatura, membros mais novos da família do Senhor, os quais podem estar bem achegados e ser mui caros ao Mestre e, caso sejam devidamente instruídos e disciplinados, ser-Lhe-ão de utilidade, mesmo em seus tenros anos. Cristo Se ofende com toda palavra áspera, severa e precipitada dirigida às crianças. Seus direitos nem sempre são respeitados, e são muitas vezes tratadas como se não possuíssem um caráter individual que necessita ser devidamente desenvolvido a fim de não ficar prejudicado e o desígnio de Deus em sua vida vir a falhar. -- Testemunhos Selectos 1:528. LA 358 3 Tome a igreja especial cuidado dos cordeiros do rebanho, exercendo toda a influência que puder conquistar o amor das crianças e uni-las à verdade. Pastores e membros da igreja devem apoiar os esforços dos pais no sentido de levar as crianças ao caminho seguro. O Senhor está chamando pela juventude, pois desejaria fazê-los Seus ajudadores para bom serviço sob Sua bandeira. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. Um sermão eficaz sobre piedade LA 359 1 O pastor deve instruir o povo sobre o governo das crianças, e seus próprios filhos devem ser o exemplo de correta sujeição. -- Carta 1, 1877. LA 359 2 Deve haver na família do pastor uma unidade que pregue um sermão eficaz sobre a piedade prática. Ao passo que o pastor e a esposa cumpram fielmente seu dever no lar, restringindo, corrigindo, admoestando, aconselhando, guiando, estão-se tornando mais habilitados para trabalhar na igreja, e multiplicando meios de cumprir a obra de Deus fora do lar. Os membros da família tornam-se membros da família do Céu, e são uma força para o bem, exercendo influência de vasto alcance. -- Obreiros Evangélicos, 204, 205. ------------------------Capítulo 59 -- Os pais idosos "Honra a teu pai e a tua mãe" LA 360 1 A obrigação que repousa sobre os filhos de honrar aos pais perdura por toda a existência. Se os pais são débeis e idosos, a atenção e afeição dos filhos deve ser dispensada na proporção das necessidades de pai e mãe. Nobre e decididamente os filhos devem traçar seu procedimento, mesmo que isto reclame sacrifício, de maneira que cada pensamento de ansiedade e perplexidade possa ser removido da mente dos pais. ... LA 360 2 Os filhos devem ser educados para amar ao pai e à mãe e deles cuidar ternamente. Velai por eles, filhos, vós mesmos; pois nenhuma outra mão pode fazer os pequenos atos de bondade com a aceitação com que vós o fazeis. Aproveitai vossas preciosas oportunidades de espalhar as sementes da bondade. -- Manuscrito 18, 1891. LA 360 3 Nossas obrigações para com nossos pais jamais cessam. Nosso amor por eles, e o deles por nós, não é medido pelos anos ou pela distância, e nossa responsabilidade nunca pode ser posta de lado. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. LA 360 4 Devem os filhos cuidadosamente lembrar que na melhor das hipóteses os idosos pais desfrutam pouca alegria e conforto. Que pode levar maior tristeza ao seu coração que a manifesta negligência da parte dos filhos? Que pecado pode ser pior nos filhos que causar mágoa a um pai ou mãe idosos e desajudados? -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. Abrandar o caminho LA 360 5 Depois que os filhos chegam aos anos de maturidade, alguns pensam que seu dever está cumprido ao proverem um lar para seus pais. Embora dando-lhes alimento e abrigo, não lhes dão amor ou simpatia. Na idade avançada de seus pais, quando eles anseiam por expressões de afeto e simpatia, os filhos impiedosamente privam-nos de sua atenção. Em tempo algum podem os filhos negar a seus pais o amor e respeito. Enquanto os pais vivem, deve ser a alegria dos filhos honrá-los e respeitá-los. Devem levar à vida de seus idosos pais toda alegria e felicidade possíveis. Devem amenizar-lhes o caminho para a sepultura. Não há melhor recomendação neste mundo do que a de que um filho tem honrado a seus pais, nem melhor registro nos livros dos Céus de que ele tem amado e honrado ao pai e à mãe. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. Ingratidão para com os pais LA 361 1 Será possível que os filhos possam tornar-se tão indiferentes às necessidades de seus pais que não se disponham a voluntariamente remover, vigiando sobre eles com incansável cuidado e devoção? Será possível que não considerem um prazer tornar os últimos dias de seus pais os melhores? Como pode um filho ou uma filha ter a coragem de deixar o pai ou a mãe às mãos de estranhos para que deles cuidem! Mesmo que a mãe seja uma descrente e mal-humorada, isto não libertaria o filho da obrigação que Deus sobre ele impôs de cuidar de seus pais. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892. Alguns pais são responsáveis pelo desrespeito LA 361 2 Quando os pais permitem que os filhos lhes mostrem desrespeito na infância, admitindo que falem irritada e até asperamente, uma terrível colheita terá que ser ceifada nos anos futuros. Quando os pais deixam de exigir de seus filhos obediência pronta e perfeita, falharão em lançar-lhes para o caráter o fundamento correto. Eles preparam os filhos para que os desonrem quando na velhice, e levem tristeza ao seu coração quando estão próximos da sepultura, a menos que a graça de Cristo mude o coração e transforme o caráter de seus filhos. -- Manuscrito 18, 1891. Não vingar-se de pais injustos LA 362 1 Disse alguém de sua mãe: "Eu sempre odiei minha mãe e minha mãe sempre me odiou." Essas palavras estão registradas nos livros do Céu a fim de serem abertas e reveladas no dia do juízo, quando cada um será recompensado de acordo com suas obras. LA 362 2 Se os filhos pensam que foram tratados com severidade na infância, não os ajudará a crescer na graça e conhecimento de Cristo, nem fará refletir Sua imagem, o acariciarem contra seus pais um espírito de vingança, especialmente quando idosos e debilitados. Não é o próprio desvalimento dos pais que apela por amor da parte dos filhos? Não clamam as necessidades de pais e mães idosos pelos nobres sentimentos do coração, e pela graça de Cristo, não devem os pais ser tratados com bondosa atenção e respeito por seus filhos? Não permitais que o coração se torne tão duro como aço contra o pai e a mãe! Como pode uma filha que professa o nome de Cristo abrigar ódio contra sua mãe, especialmente se essa mãe é enferma e idosa? Que a bondade e o amor, os frutos mais doces da vida cristã, encontrem lugar no coração dos filhos em relação a seus pais. -- Manuscrito 18, 1891. Pacientes com a invalidez LA 362 3 Doloroso em especial é o pensamento de um filho a odiar a mãe que se tornou idosa e fraca, sobre quem vieram debilidades de disposição conseqüentes da segunda infância. Quão paciente, quão ternamente devem os filhos tratar com uma mãe assim! Devem ser pronunciadas palavras de bondade, que não irritem o espírito. Um verdadeiro cristão jamais será indelicado, jamais, sob qualquer circunstância, negligenciará o pai e a mãe, antes ouvirá o mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe." Êxodo 20:12. Deus disse: "Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho." Levítico 19:32. ... LA 363 1 Filhos, permiti que vossos pais, enfermos e incapazes de cuidar de si mesmos, tenham seus últimos dias cheios de contentamento, paz e amor. Pelo amor de Cristo permiti que desçam à sepultura recebendo de vossa parte apenas palavras de bondade, amor, misericórdia e perdão. Desejais que o Senhor vos ame, tenha piedade de vós e vos perdoe, zelando por vós na enfermidade, e não quereis tratar os outros como desejais que vos tratem? -- Manuscrito 18, 1891. Plano de Deus para o cuidado dos anciãos LA 363 2 A questão de cuidar de nossos irmãos e irmãs idosos destituídos de lar, é objeto de contínua insistência. Que se pode fazer por eles? O esclarecimento a mim dado pelo Senhor, é repetido: Não é melhor estabelecer instituições para cuidar dos idosos, para que eles fiquem juntos, na companhia uns dos outros. Nem eles devem ser mandados para fora do lar a fim de receberem cuidados. Que os membros de cada família ministrem aos próprios parentes. Quando isto não é possível, essa obra pertence à igreja, e deve ser aceita igualmente como dever e como privilégio. Todos os que têm o espírito de Cristo hão de considerar os débeis e idosos com especial respeito e ternura. -- Testemunhos Selectos 2:509, 510. Privilégio que dá satisfação e alegria LA 363 3 O pensamento de que os filhos têm provido o conforto de seus pais é de molde a dar satisfação durante toda a vida, e lhes dará especialmente alegria quando eles próprios estiverem em necessidade de simpatia e amor. Aqueles cujo coração está repleto de amor considerarão um inestimável privilégio suavizar o caminho de seus pais para a sepultura. Sentirão júbilo ao pensamento de que tiveram uma parte em levar conforto e paz aos últimos dias de seus amados pais. Fazer o contrário disto, negar aos desajudados anciãos a bondosa ministração de filhos e filhas, encherá a alma de remorso, os dias de pesares, a menos que o coração esteja endurecido e frio como pedra. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1891. ------------------------Capítulo 60 -- Mordomos de Deus Reconhecer a soberania de Deus LA 367 1 Aquilo que se acha na base da integridade comercial e do verdadeiro êxito, é o reconhecimento da propriedade de Deus. O Criador de todas as coisas, é o seu proprietário original. Somos Seus mordomos. Tudo que temos foi confiado por Ele, para ser usado de acordo com Sua direção. LA 367 2 Esta é uma obrigação que repousa sobre todo ser humano. Afeta toda esfera da atividade humana. Quer o reconheçamos quer não, somos mordomos, supridos por Deus com talentos e recursos e colocados no mundo para realizar uma obra indicada por Ele. -- Educação, 137. LA 367 3 O dinheiro não nos pertence; não nos pertencem casas e terras, quadros e mobiliário, vestidos e luxos. Somos peregrinos, somos forasteiros, e temos apenas asseguradas as coisas necessárias à saúde e à vida. ... Nossas bênçãos temporais são-nos dadas em confiança, a fim de se provar se nos podem ser confiadas as riquezas eternas. Se somos achados fiéis a Deus, então receberemos aquela adquirida possessão que deve ser nossa própria: glória, honra e imortalidade. -- Carta 8, 1889. Temos que dar conta LA 367 4 Se nosso povo tão-somente entregasse à causa de Deus o dinheiro que lhes tem sido entregue em depósito, aquela porção que gastam em satisfação egoísta, em idolatria, acumulariam um tesouro no Céu, e estariam fazendo exatamente a obra que Deus deles requer. Mas como o homem rico da parábola, eles vivem suntuosamente. O dinheiro que Deus lhes entregou em confiança, a fim de ser usado para glória de Seu nome, eles o gastam extravagantemente. Não se detêm para considerar sua responsabilidade diante de Deus. Não consideram que haverá um dia de ajuste não muito distante, quando terão que dar conta de sua mordomia. -- Carta 21, 1898. LA 368 1 Devemos sempre lembrar que no juízo havemos de enfrentar o registro da maneira como usamos o dinheiro de Deus. Grande parte é usada na satisfação própria, no próprio interesse, e que não produz nenhum bem real, mas positivo dano. Se nos compenetramos de que Deus é o doador de todo o bem, que o dinheiro Lhe pertence, então exerceremos sabedoria no gastá-lo, de conformidade com Sua Santa vontade. O mundo, seus costumes, suas modas, não serão nossa norma. Não teremos o desejo de conformar-nos com suas práticas; não permitiremos que nossa própria inclinação nos controle. -- Carta 8, 1889. LA 368 2 Em nosso uso do dinheiro podemos torná-lo um instrumento de progresso espiritual, considerando-o como sagrado depósito, não para ser empregado de molde a promover o orgulho, a vaidade, o apetite ou a paixão. -- Carta 8, 1889. LA 368 3 Foi-me mostrado que o anjo relator faz um registro fiel de toda a oferta feita a Deus, e posta no tesouro, bem como dos resultados finais dos meios assim doados. Os olhos do Senhor tomam conhecimento de toda moedinha consagrada a Sua causa, e da boa vontade ou relutância do doador. O motivo por que se dá também é registrado. -- Serviço Cristão, 221. A família dando sistematicamente LA 368 4 "Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." 1 Coríntios 16:2. Cada membro da família, do mais velho ao mais jovem, pode tomar parte nesta obra de beneficência. ... O plano de beneficência sistemática se provará uma salvaguarda a cada família contra as tentações de empregar meios em coisas desnecessárias, e especialmente se provará uma bênção para os ricos, guardando-os de condescenderem com extravagâncias. LA 369 1 Cada semana os reclamos de Deus a cada família são levados à mente por cada um dos membros que executam totalmente o plano; e ao negarem a si mesmos alguma superfluidade a fim de ter meios que levar ao tesouro, sobre o coração foram impressas lições de valor em abnegação para glória de Deus. Uma vez por semana cada um é posto face a face com os fatos da semana passada -- a renda que ele poderia ter tido se tivesse sido econômico, e os meios que não possui em virtude da condescendência. Sua consciência é desperta, por assim dizer, diante de Deus, e acusa-o ou louva-o. Ele aprende que se quiser possuir paz de mente e o favor de Deus, deve comer, beber e vestir para Sua glória. -- Testimonies for the Church 3:412. Fazer primeiro a vontade de Deus LA 369 2 As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta depois de suprir nossas supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos devemos separar e oferecer a Deus a parte que de nós requer. Na velha dispensação uma oferta em ações de graças era conservada sempre queimando sobre o altar, evidenciando assim a eterna obrigação em que estamos para com Deus. Se somos prósperos em nossos negócios seculares, é porque Deus nos abençoa. Uma parte de nossa renda deve ser consagrada aos pobres e uma grande parte à causa de Deus. Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se alguém rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que possui. -- Testemunhos Selectos 1:554, 555. Lembrar-se das necessidades dos pobres LA 370 1 Se representamos o caráter de Cristo, cada partícula de egoísmo deve ser expelida da alma. Promovendo a obra que Ele pôs em nossas mãos, é necessário que demos cada jota e cada til de nossos meios que pudermos economizar. Pobreza e sofrimento em famílias virão ao nosso conhecimento, e criaturas aflitas e sofredoras terão de ser socorridas. Pouco sabemos do sofrimento humano que existe em toda parte em torno de nós; mas quando temos a oportunidade devemos estar prontos para oferecer imediata assistência aos que estão sob severa opressão. -- Manuscrito 25, 1894. LA 370 2 O dispêndio de dinheiro em artigos de luxo priva os pobres dos meios necessários para supri-los com alimento e roupas. Aquilo que se gasta na satisfação do orgulho, seja em vestuário, em casas, em mobiliário ou em decorações poderia aliviar o sofrimento de muita família sofredora e arruinada. Os mordomos de Deus devem ministrar aos necessitados. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1896. O remédio de Deus para o egoísmo e a cobiça LA 370 3 O dar que é fruto da abnegação é um maravilhoso auxílio ao doador. Promove uma educação que nos capacita a mais amplamente compreender a obra dAquele que andou fazendo o bem, aliviando o sofrimento, suprindo às necessidades dos que nada possuíam. -- The Youth's Instructor, 10 de Setembro de 1907. LA 370 4 Beneficência constante e abnegada é o remédio que Deus propõe para os ulcerosos pecados do egoísmo e da avareza. Deus dispôs o plano de doação sistemática para o sustento de Sua causa e para aliviar as necessidades dos pobres e dos sofredores. Ele ordenou que o dar deve tornar-se um hábito, para que possa contrapor-se ao perigoso e enganador pecado da avareza. O dar continuamente faz com que a avareza morra de inanição. A doação sistemática destina-se no plano de Deus a arrancar tesouros dos avarentos tão depressa são ganhos, e a consagrá-los ao Senhor a quem pertencem. ... LA 371 1 A constante prática do plano divino de doação sistemática enfraquece a avareza e estimula a liberalidade. Se as riquezas aumentam, os homens, mesmo os que professam piedade, põem nelas o coração; e quanto mais têm, menos dão para o tesouro do Senhor. Assim a riqueza torna egoístas os homens, e o entesouramento estimula a avareza; e esses males se fortalecem pelo exercício ativo. Deus conhece o perigo que nos rodeia, e nos protegeu com meios para evitar nossa ruína. Ele requer o constante exercício da beneficência, a fim de que a força do hábito em boas obras quebre a força do hábito no sentido contrário. -- Testimonies for the Church 3:548. ------------------------Capítulo 61 -- Princípios de finanças domésticas Dinheiro: Bênção ou maldição LA 372 1 O dinheiro não é necessariamente uma maldição; ele é de grande valor porque se corretamente usado, pode fazer bem na salvação de almas, em bênçãos a outros que são mais pobres do que nós mesmos. Mediante uso inadequado ou desavisado, ... o dinheiro se tornará um laço para o seu possuidor. Aquele que emprega o dinheiro na satisfação do orgulho e ambição o torna uma maldição em vez de uma bênção. O dinheiro é uma prova constante das afeições. Quem quer que adquira mais do que o suficiente para suas necessidades reais deve buscar sabedoria e graça para conhecer o próprio coração e guardá-lo diligentemente, para que não tenha necessidade imaginárias e se torne mordomos infiel, usando com prodigalidade o capital que o Senhor lhe confiou. LA 372 2 Quando amamos a Deus acima de tudo, as coisas temporais ocuparão seu lugar certo em nossas afeições. Se humilde e ferventemente buscarmos conhecimento e habilidade para fazermos reto uso dos bens do Senhor, receberemos sabedoria do alto. Quando o coração se inclina para suas próprias tendências e preferências, quando é acariciado o pensamento de que o dinheiro pode conferir felicidade sem o favor de Deus, então o dinheiro torna-se um tirano, governando o homem; recebe sua confiança e estima e é adorado como um deus. Honra, verdade, retidão e justiça são sacrificados sobre seu altar. Os mandamentos da Palavra de Deus são postos de lado e os costumes e usos do mundo, ordenados pelo rei Mamom, tornam-se um poder controlador. -- Carta 8, 1889. Buscar a segurança do lar próprio LA 372 3 Se as leis dadas por Deus tivessem continuado a ser praticadas, quão diferente seria a presente condição do mundo, tanto moral, como temporal e espiritualmente. Egoísmo e exaltação próprios não seriam manifestados como agora, mas cada um manifestaria bondosa consideração pela felicidade e bem-estar de outros. ... Em vez das classes mais pobres serem postas sob o tacão dos ricos, em vez de terem o cérebro de outro para pensar e planejar por eles em coisas temporais e espirituais, teriam alguma oportunidade para independência de pensamento e ação. LA 373 1 O senso de ser possuidor do lar próprio haveria de inspirá-los com um forte desejo de progresso. Adquiririam logo habilidade em planejar e idear por si mesmos; seus filhos seriam educados em hábitos de diligência e economia, e o intelecto seria grandemente fortalecido. Haveriam de sentir que são homens, não escravos, e seriam capazes de reconquistar em grande medida o respeito pessoal e independência moral perdidos. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 165, 166. LA 373 2 Educai nosso povo para que saia das cidades para o campo, onde podem obter um pedaço de terra e estabelecer um lar para si mesmos e para os filhos. -- The General Conference Bulletin, 6 de Abril de 1903. Cuidado quanto a vender a propriedade LA 373 3 Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. Dizem que os apelos no sentido de meios lhes tocam a alma, e querem fazer alguma coisa pelo Mestre que tudo tem feito por eles. A esses, eu diria: "Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever." -- Testemunhos Selectos 2:330. LA 373 4 Deus não requer agora as casas nas quais Seu povo necessita morar; mas se os que têm em abundância não ouvem Sua voz, desprendendo-se do mundo e sacrificando-se por Deus, Ele os passará por alto e convidará os que estão desejosos de fazer alguma coisa por Jesus, mesmo que seja vender suas casas para ajudar as necessidades da Causa. -- The Review and Herald, 16 de Setembro de 1884. Independência digna de louvor LA 374 1 Há um tipo de independência digno de louvor. Desejar levar a própria carga e não comer o pão da dependência é correto. É uma ambição nobre e generosa que dita o desejo de manutenção própria. São necessários hábitos de diligência e modéstia. -- Testimonies for the Church 2:308. Equilibrar o orçamento LA 374 2 Muitos, muitíssimos, não se têm educado o bastante para manter suas despesas nos limites de seus rendimentos. Não aprendem a ajustar-se a circunstâncias, e tomam e tornam a tomar empréstimos, sobrecarregando-se de débitos, e conseqüentemente ficam desencorajados. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893. Manter um registro das despesas LA 374 3 Hábitos de condescendência egoísta, ou falta de tino e habilidade da parte da esposa e mãe, podem ser uma causa constante de escassez de fundos; e todavia essa mãe talvez julgue estar fazendo o melhor que pode, pois nunca foi ensinada a restringir suas necessidades e de seus filhos, e nunca adquiriu habilidade e tino nos negócios domésticos. Daí, uma família pode requerer para sua manutenção duas vezes tanto quanto bastaria para outra do mesmo tamanho. LA 374 4 Todos devem aprender a tomar notas de suas despesas. Alguns o negligenciam como não sendo coisa essencial; é um erro, porém. Todas as despesas devem ser anotadas com exatidão. -- Obreiros Evangélicos, 460. Males da prodigalidade LA 374 5 O Senhor foi servido apresentar perante mim os males que resultam dos hábitos de prodigalidade, a fim de que eu pudesse admoestar os pais a que ensinem a seus filhos a estrita economia. Ensinai-lhes que o dinheiro gasto naquilo de que não necessitam é desviado de seu uso legítimo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 63. LA 375 1 Se tendes hábitos extravagantes, atalhai-os de vez em vossa vida. A menos que façais isto, estareis despreparados para a eternidade. Hábitos de economia, diligência e sobriedade são melhor legado para vossos filhos do que um rico dote. LA 375 2 Somos peregrinos e estrangeiros na Terra. Não gastemos nossos recursos na satisfação de desejos que Deus teria de reprimir. Representemos convenientemente nossa fé pela restrição de nossas necessidades. -- The Review and Herald, 24 de Dezembro de 1903. Um pai reprovado por extravagância LA 375 3 Não sabes como usar o dinheiro economicamente e não aprendeste a limitar tuas necessidades às tuas rendas. ... Tens irreprimível desejo de ganhar dinheiro, a fim de poderes usá-lo livremente segundo te dite tua inclinação, e teu ensino e exemplo têm-se provado uma maldição para teus filhos. Quão pouco cuidam eles de princípio! Esquecem-se cada vez mais de Deus, cada vez temem menos Seu desprazer, menos paciência para se restringirem. Quanto mais facilmente é o dinheiro ganho, menos gratidão se manifesta. -- Carta 8, 1889. Uma família que gastava mais do que ganhava LA 375 4 Cuida para que tuas despesas não vão além de tua renda. Contém teus desejos. LA 375 5 É uma grande pena que tua esposa seja tão semelhante a ti mesmo em matéria de gastos, de maneira que não te pode ser um auxílio neste sentido, vigiando os pequenos gastos a fim de evitar maior vazão. Gastos desnecessários são constantemente feitos na tua direção da família. Tua esposa estima ver os filhos vestidos de maneira além dos seus meios, e em virtude disto, são cultivados em teus filhos gostos e hábitos que os farão fúteis e orgulhosos. Se pudésseis aprender a lição da economia e ver o perigo que representa para vós mesmo, para teus filhos e para a causa de Deus o livre uso destes meios, obterias uma experiência essencial à perfeição de teu caráter cristão. A não ser que obtenhas tal experiência, teus filhos levarão o modelo de uma educação defeituosa pelo resto da vida. ... LA 376 1 Eu não te aconselharia a acumular meios, pois isto te seria muito difícil, mas poderia aconselhar-te a que gastes teu dinheiro com cuidado e que teu exemplo diário ensine lições de simplicidade, abnegação e economia a teus filhos. Eles precisam ser educados por preceito e exemplo. -- Carta 23, 1888. Uma família convidada à abnegação LA 376 2 Foi-me mostrado que vós outros, meu irmão e minha irmã, tendes muito que aprender. Não tendes vivido dentro de vossos recursos. Não aprendestes a economizar. Se ganhais elevado salário, não sabeis como fazê-lo render o máximo possível. Consultais o gosto e o apetite em vez da prudência. Às vezes gastais dinheiro em certa qualidade de alimento que vossos irmãos não podem pensar em saborear. O dinheiro sai de vosso bolso com muita facilidade. ... A abnegação é uma lição que ambos ainda necessitais aprender. -- Testimonies for the Church 2:431, 432. LA 376 3 Os pais devem aprender a viver dentro de seus recursos. Devem cultivar nos filhos a abnegação, ensinando-os por preceito e exemplo. Devem tornar suas necessidades poucas e simples, a fim de que haja tempo para progresso mental e cultura espiritual. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. Prodigalidade não é expressão de amor LA 376 4 Não ensineis vossos filhos a pensarem que vosso amor a eles deva manifestar-se pela satisfação do seu orgulho, prodigalidade e amor à ostentação. Não há tempo agora para idear maneiras de gastar o dinheiro. Empregai as vossas faculdades inventivas para tratar de economizá-lo. -- Testemunhos Selectos 3:73. Economia e generosidade LA 377 1 A tendência natural da juventude neste século é negligenciar e desprezar a economia e confundi-la com mesquinhez e estreiteza. Mas a economia é consciente com os mais amplos e liberais pontos de vista e sentimentos; não pode haver verdadeira generosidade onde a economia não é praticada. Ninguém deve pensar ser indigno estudar economia e o melhor meio de cuidar dos fragmentos. -- Testimonies for the Church 5:400. Economia exagerada LA 377 2 Deus não é honrado quando o corpo é negligenciado ou maltratado, ficando assim incapaz para Seu serviço. Cuidar do corpo proporcionando-lhe comida saborosa e revigorante, é um dos principais deveres dos pais de família. É muito melhor usar roupas e mobília menos caras, do que restringir a provisão de alimento. LA 377 3 Alguns chefes de casa poupam na mesa da família a fim de proporcionar dispendiosa hospedagem às visitas. Isto não é sábio. Deve haver maior simplicidade na hospedagem. Dê-se primeiro atenção às necessidades da família. LA 377 4 Uma economia destituída de sabedoria e os costumes artificiais impedem o exercício da hospitalidade onde é necessária e quando seria uma bênção. A quantidade regular de alimento deve ser de maneira que se possa receber de boa vontade o inesperado hóspede, sem sobrecarga para a dona-de-casa, com preparativos extras. -- A Ciência do Bom Viver, 322. LA 377 5 Nossa economia nunca deveria ser daquela espécie que leve a alimentar os alunos de modo deficiente. Eles devem ter abundância de alimento saudável. Ajuntem, porém, os encarregados da cozinha as sobras, para que nada se perca. -- Testemunhos Selectos 2:468. LA 378 1 Economia não significa mesquinhez, mas prudente dispêndio de recursos, porque há grande obra a ser feita. -- Carta 151, 1899. Prover conforto que alivie a carga da esposa LA 378 2 A família do irmão E vive de acordo com os princípios da mais estrita economia. ... O irmão E decidiu por questão de consciência não construir um depósito de lenha e uma cozinha convenientes para sua grande família, porque não se sentia livre em investir meios em conveniências pessoais, quando a causa de Deus necessitava de dinheiro para ir avante. Procurei mostrar-lhe que era necessário tanto para a saúde como para a moral dos filhos que ele tornasse o lar prazeroso e provesse meios de conforto que aliviassem os trabalhos de sua esposa. -- Carta 9, 1888. Dinheiro para uso pessoal da esposa LA 378 3 Deveis ajudar-vos mutuamente. Não consideres uma virtude amarrar bem amarrado o cordão da bolsa, recusando dar dinheiro a tua esposa. -- Carta 65, 1904. LA 378 4 Deves conceder a tua esposa certa soma semanalmente e deixá-la empregar esse dinheiro como bem entender. Não lhe tens dado oportunidade de exercer o seu tato ou gosto, porque não tens uma idéia exata da posição que uma esposa deve ocupar. Tua esposa tem um espírito excelente e bem equilibrado. -- Carta 47, 1904. LA 378 5 Dá a tua esposa uma parte do dinheiro que recebes. Permite que ela tenha esta parte como sua, e deixa-a usá-la como desejar. Devia ter-lhe sido permitido usar os recursos que ganhou como melhor parecesse ao seu juízo. Se ela tivesse tido certa soma para usar como lhe parecesse bem, sem ser criticada, grande peso teria sido tirado de sua mente. -- Carta 157, 1903. Buscar conforto e saúde LA 379 1 O irmão P não tem feito uso prudente dos recursos. O sábio discernimento não o tem influenciado tanto quanto as vozes e desejos de seus filhos. Não dá o devido valor aos recursos que em mãos, nem os despende prudentemente com as coisas mais necessárias que precisa para conforto e saúde. A família inteira está necessitando melhorar neste aspecto. Muitas coisas são necessárias na família para comodidade e conforto. A falta de apreciar ordem e método na organização dos assuntos familiares leva à destruição e contribui para a improdutividade. -- Testimonies for the Church 2:699. LA 379 2 Não podemos tornar o coração mais puro e mais santo por vestir de saco o corpo ou desprover o lar de tudo que satisfaz ao conforto, gosto e conveniência. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1882. LA 379 3 Deus não requer que Seu povo se prive do que é realmente necessário a sua saúde e conforto, mas não aprova a dissipação, extravagância e exibicionismo. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1893. Aprender a quando economizar e quando gastar LA 379 4 Deves procurar saber quando poupar e quando gastar. Não podemos ser seguidores de Cristo a menos que neguemos o eu e exaltemos a cruz. Devemos pagar honesta e pontualmente; pega os pontos caídos; conserta o fio corrido e sabe exatamente o que pode ser chamado propriamente teu. Deves cortar todos pequenos valores gastos para a satisfação própria. Deves anotar o que é usado simplesmente para satisfazer o gosto e cultivar um apetite pervertido, epicurista. O dinheiro gasto em guloseimas inúteis pode ser usado para acrescentar confortos e utilidades substanciais a teu lar. Não deves ser avarento, mas honesto contigo mesmo e com teus irmãos. A avareza é um abuso das beneficências de Deus. O esbanjamento é também um abuso. Os pequenos desperdícios que julgas indignos de considerar entram no cômputo final. -- Carta 11, 1888. O coração rendido será guiado LA 380 1 Não é necessário especificar aqui como a economia pode ser praticada em cada particular. Aqueles cujo coração estiver inteiramente rendido a Deus, e que tomem Sua Palavra como guia, saberão como conduzir-se em todos os deveres da vida. Aprenderão de Jesus, que é manso e humilde de coração; e em cultivando a mansidão de Cristo, fecharão a porta contra inumeráveis tentações. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 63. ------------------------Capítulo 62 -- Deve ser praticada a economia "Ajuntai o que sobejou" LA 381 1 Cristo deu uma vez a Seus discípulos uma lição de economia digna da maior atenção. Ele realizará um milagre para alimentar os milhares de famintos que haviam escutado Seus ensinos; mas depois que todos haviam comido e estavam satisfeitos, Ele não permitiu que os fragmentos fossem desperdiçados. Aquele que pode, na hora da necessidade, alimentar a vasta multidão por Seu divino poder, ordenou a Seus discípulos que ajuntassem os pedaços que sobraram, para que nada se perdesse. Esta lição foi dada para nosso ensino tanto quanto para os que viviam nos dias de Cristo. O Filho de Deus tem cuidado das necessidades da vida temporal. Ele não negligenciou os pedaços após o banquete, embora pudesse oferecer tal banquete quando quisesse. -- Testimonies for the Church 4:572, 573. LA 381 2 As lições de Jesus Cristo devem ser aplicadas em toda fase da vida prática. A economia deve ser praticada em todas as coisas. Ajuntai os pedaços, para que nada se perca. Há uma espécie de religião que não toca o coração, tornando-se palavras formais. Não entram na vida prática. Os deveres religiosos e a mais elevada prudência humana nas atividades comerciais devem estar misturados. -- Manuscrito 31, 1897. Imitar Jesus na abnegação LA 381 3 A fim de relacionar-Se com os desapontamentos, provas e sofrimentos dos seres humanos, Cristo desceu aos mais baixos abismos da dor e humilhação. Ele andou pelos caminhos que ordena aos Seus seguidores que trilhem. Diz-lhes: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Lucas 9:23. Mas cristãos professos nem sempre desejam praticar a abnegação que o Salvador pede. Não se dispõem a sujeitar suas vontades e desejos para que possam ter mais para dar ao Senhor. Alguém diz: "Minha família é dispendiosa em seus gostos, e custa muito mantê-la." Isto mostra que ele e eles necessitam aprender as lições de economia ensinadas pela vida de Cristo. ... LA 382 1 A todos vem a tentação de satisfazer a desejos egoístas e extravagantes, mas lembremos que o Senhor da vida e da glória veio a este mundo para ensinar à humanidade lições de abnegação. -- Carta 4a, 1902. LA 382 2 Os que não vivem para o ego não usarão cada cruzeiro para satisfazer a suas supostas necessidades e sustentar suas conveniências, mas terão em mente que são seguidores de Cristo, e que há outros que estão necessitando de alimento e roupa. -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1894. Economizar para auxiliar a causa de Deus LA 382 3 Muito poderia ser dito aos jovens com respeito a seu privilégio de ajudar a causa de Deus pelo aprender as lições de economia e abnegação. Muitos entendem que necessitam satisfazer a este prazer e àquele outro, e para isto se acostumam a viver no uso de toda a sua renda. Deus deseja que façamos melhor neste sentido. Pecamos contra nós mesmos quando nos satisfazemos com o suficiente para comer, beber e vestir. Deus coloca diante de nós algo mais elevado que isto. Quando estivermos dispostos a afastar nossos desejos egoístas e a entregar as faculdades do coração e da mente ao trabalho da causa de Deus, anjos celestiais cooperarão conosco, tornando-nos uma bênção para a humanidade. LA 382 4 O jovem que é industrioso e econômico, pobre embora, pode guardar um pouco para a causa de Deus. -- The Youth's Instructor, 10 de Setembro de 1907. Quando tentado a despesas desnecessárias LA 382 5 Quando fordes tentados a gastar dinheiro em bugigangas, deveis lembrar a abnegação e o sacrifício de Cristo para salvar o homem caído. Nossos filhos devem ser ensinados a praticar abnegação e domínio próprio. A razão por que tantos pastores sentem que têm muitas dificuldades financeiras é que não contêm os seus gostos, apetites e inclinações. A razão por que muitos homens vão a bancarrota, e desonestamente se apropriam do alheio, é que procuram satisfazer aos gostos extravagantes da esposa e dos filhos. Quão cuidadosos deviam ser os pais e mães em ensinar aos filhos a economia por preceito e exemplo! -- Carta 11, 1888. LA 383 1 Gostaria de poder imprimir em cada coração a grave pecaminosidade de gastar o dinheiro do Senhor em necessidades imaginárias. O dispêndio de somas que parecem pequenas podem ser o início de um encadeamento de circunstâncias que alcançarão a eternidade. Quando se estabelecer o juízo, e os livros forem abertos, o lado omisso será apresentado ante vossos olhos -- o bem que poderíeis ter feito com as moedinhas acumuladas e as somas maiores que foram usadas para fins inteiramente egoístas. -- The Review and Herald, 11 de Agosto de 1891. Cuidar dos centavos LA 383 2 Não gasteis vossos centavos e cruzeiros na aquisição de coisas desnecessárias. Podeis pensar que essas pequenas importâncias não representarão muito, mas essas inúmeras somas pequenas se provarão um grande todo. Se pudéssemos, recuperaríamos as importâncias gastas em coisas desnecessárias, em vestuários e satisfação egoísta. A pobreza em diferentes formas está por todos os lados. E Deus tornou nosso dever aliviar a humanidade sofredora de todos os modos possíveis. LA 383 3 O Senhor gostaria que Seu povo fosse previdente e cuidadoso. Gostaria que praticassem a economia em tudo, e nada desperdiçassem. -- Carta 21, 1898. LA 383 4 As importâncias gastas diariamente em coisas desnecessárias, com o pensamento: "São somente uns trocados", "são apenas alguns centavos", parecem pequenas; mas multiplicai-as pelos dias do ano, e com o passar do tempo as colunas de números parecerão quase inacreditáveis. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 63. Não imitar os vizinhos extravagantes LA 384 1 Não é a melhor coisa aparentar ser ricos, ou algo acima do que somos na verdade: humildes seguidores do manso e humilde Salvador. Não nos devemos sentir perturbados se nossos vizinhos constroem suas casas e as mobiliam de tal forma que não somos autorizados a acompanhar. Como será que Jesus considera nossa provisão egoísta para a satisfação do apetite, para deleitar nossos hóspedes ou para satisfazer nossa própria inclinação! Torna-se um laço para nós procurarmos fazer ostentação ou permitir a nossos filhos, que estão sob nosso domínio, que o façam. -- Carta 8, 1889. Experiência pessoal da Sra. White na infância LA 384 2 Quando eu tinha apenas doze anos, já sabia o que era economizar. Com minha irmã aprendi uma profissão, e embora ganhássemos apenas vinte e cinco centavos [de dólar] por dia, conseguíamos tirar desta importância um pouco para oferecer às missões. Economizamos pouco a pouco, até que conseguimos trinta dólares. Então quando a mensagem da breve volta do Senhor chegou a nós, juntamente com um apelo para homens e donativos, consideramos um privilégio passar os trinta dólares às mãos de papai, pedindo-lhe que os empregasse em folhetos a fim de enviar a mensagem aos que estavam em trevas. ... LA 384 3 Com o dinheiro que ganhávamos em nossa profissão, minha irmã e eu adquiríamos roupas. Entregávamos nosso dinheiro à mamãe, dizendo: "Compre de modo que, depois que tivermos pago por nossas roupas, sobre alguma coisa para o trabalho missionário." E ela assim o fazia, encorajando em nós o espírito missionário. -- The Youth's Instructor, 10 de Setembro de 1907. Praticar economia por princípio LA 385 1 Aqueles cujas mãos estão abertas para responder aos apelos por meios para o sustento da causa de Deus e para aliviar aos sofredores e necessitados, não são os frouxos, relapsos e morosos na condução de seus negócios. São sempre cuidadosos em manter os gastos dentro do orçamento. São econômicos por princípio; consideram seu dever economizar, de maneira que possam ter alguma coisa para dar. -- Testimonies for the Church 4:573. ------------------------Capítulo 63 -- Instrução às crianças sobre como ganhar e usar dinheiro Ensinar hábitos simples LA 386 1 Devem os pais educar, instruir e treinar os filhos nos hábitos do domínio próprio e abnegação. Devem conservar sempre perante eles seu dever de obedecer à Palavra de Deus e viver para o propósito de servir a Jesus. Devem ensinar aos filhos que é necessário viver de acordo com hábitos simples em sua vida diária, e evitar roupas dispendiosas, dispendiosos alimentos, casas e mobiliário dispendiosos. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894. LA 386 2 Quando ainda bem jovens, devem os filhos ser ensinados a ler, a escrever e compreender algarismos, de maneira que mantenham sua própria contabilidade. Podem progredir, avançando passo a passo neste conhecimento. Mas antes de tudo o mais, devem ser ensinados que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 168, 169. Ter em conta as finanças da família LA 386 3 Em virtude de errôneas idéias relativamente ao dispêndio do dinheiro, a juventude está exposta a muitos perigos. Não devem ser carregados, suprindo-se-lhes dinheiro como se houvesse inesgotável abastecimento de onde pudessem tirar para satisfação de toda suposta necessidade. O dinheiro é para ser considerado um dom de Deus a nós confiado para efetuar Sua obra, promover-Lhe o reino, e os jovens devem aprender a restringir os próprios desejos. -- Testemunhos Selectos 2:473. LA 386 4 Não façais abundantes vossas necessidades, especialmente se a receita para as despesas da família é limitada. Mantende vossas necessidades dentro dos recursos de vossos pais. O Senhor reconhecerá e louvará vossos nobres esforços. ... Sede fiéis no mínimo, e não correreis perigo de ser negligentes nas responsabilidades maiores. A Palavra de Deus declara: "Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito." Lucas 16:10. -- Manuscrito 2, 1903. Lições sobre o valor do dinheiro LA 387 1 O dinheiro que vem ter às mãos dos jovens com apenas pouco esforço de sua parte não será devidamente avaliado. Alguns têm de ganhar o dinheiro mediante privações e árduo labutar, mas quão mais seguro estão estes jovens que sabem justamente de onde lhes vem o dinheiro, que sabem quanto lhe custam a roupa e a comida e o que significa conquistar um lar! LA 387 2 Há muitas maneiras em que as crianças podem ganhar o dinheiro por si mesmas e levar ofertas de gratidão a Jesus que deu Sua vida por elas. ... Deve-se-lhes ensinar que o dinheiro que ganham não lhes pertence para o gastarem conforme sua cabeça inexperiente indique, mas para ser usado cuidadosamente e para ser oferecido para fins missionários. Não devem sentir-se satisfeitos em tomar o dinheiro do pai ou da mãe e depositá-lo na sacola de ofertas, quando o dinheiro não lhes pertence. Devem dizer a si mesmos: "Oferecerei aquilo que não me custa nada?" -- Carta 11, 1888. LA 387 3 Há o que se pode chamar ajuda insensata dada a nossos filhos. Os que fazem por conta própria o curso de estudos apreciam suas vantagens mais do que os que o fazem às expensas de outrem, pois sabem quanto lhes custa. Não devemos conduzir nossos filhos até que se tornem uma carga inútil. -- Carta 50, 1895. LA 387 4 Os pais compreendem mal seu dever quando voluntariamente dão dinheiro a qualquer jovem que tem força física para entrar num curso de estudos e tornar-se um pastor ou um médico, antes que tenha tido experiência em trabalho esforçado e útil. -- Carta 103, 1900. Encorajar os filhos a ganhar seu dinheiro LA 388 1 Muitos filhos que vivem fora da cidade podem possuir um pedaço de terra onde aprender a cultivar. Podem ser ensinados a fazer disto um meio de ganhar dinheiro para dar à causa de Deus. Tanto rapazes como moças podem empenhar-se neste trabalho; e isto lhes ensinará, se forem convenientemente instruídos, o valor do dinheiro e como economizar. É possível aos filhos, além de conseguir dinheiro para fins missionários, ajudar na compra de suas roupas, e deviam ser encorajados a fazer isto. -- Carta 356, 1907. Desencorajar o uso descuidado do dinheiro LA 388 2 Oh, quanto dinheiro gastamos em inutilidades em casa, em enfeites e vestuário fantasioso, e em doces e outros artigos de que não necessitamos! Pais, ensinai vossos filhos que é errado usar o dinheiro de Deus na satisfação própria. ... Encorajai-os a economizar seus centavos sempre que possível, para que sejam usados no trabalho missionário. Alcançarão rica experiência na prática da abnegação, e essas lições muitas vezes os impedirão de adquirir hábitos de intemperança. -- The Youth's Instructor, 1 de Novembro de 1904. LA 388 3 As crianças devem aprender a manifestar amor por Cristo negando-se a si mesmas bugigangas inúteis, para cuja aquisição muito dinheiro escapa-lhes pelos vãos dos dedos. Em cada família deve ser feita esta obra. Ela requer tato e método, mas será a melhor educação que os filhos podem receber. E se todos os pequenos apresentarem suas ofertas ao Senhor, seus donativos serão como pequenos regatos que, unindo-se em um só leito acabarão desaguando num rio. -- The Review and Herald, 25 de Dezembro de 1900. LA 388 4 Mantende um pequeno cofre na prateleira ou algum lugar onde possa ser visto, no qual as crianças possam lançar suas ofertas para o Senhor. ... Assim podem eles ser educados para Deus. -- Manuscrito 128, 1901. Ensinar as crianças a darem dízimo e ofertas LA 389 1 O Senhor não somente requer o dízimo como Seu, mas diz-nos como deve ele ser reservado para Si. Diz Ele: "Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda." Provérbios 3:9. Isto não nos ensina que devemos gastar conosco mesmo os nossos haveres, e levar o restante ao Senhor, muito embora seja este um dízimo honesto. Seja a porção do Senhor separada primeiro. As indicações dadas pelo Espírito Santo por intermédio do apóstolo Paulo sobre ofertas apresenta um princípio que se aplica também ao dízimo. "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." 1 Coríntios 16:2. Pais e filhos estão aqui incluídos. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1896. Erro cometido por alguns pais ricos LA 389 2 As circunstâncias em que uma criança é posta terá não raro mais efetiva influência sobre ela do que mesmo o exemplo dos pais. Há homens ricos que esperam sejam os seus filhos o que eles foram na juventude, e culpam a depravação do século se não o forem. Mas eles não têm o direito de esperar isto de seus filhos a menos que os coloquem em circunstâncias similares àquelas em que eles mesmos viveram. As circunstâncias da vida do pai fizeram-no o que ele é. Em sua juventude foi ele pressionado pela pobreza e teve de trabalhar com diligência e perseverança. Seu caráter foi modelado na rude escola da pobreza. Foi forçado a ser modesto em suas necessidades, ativo em seu trabalho, simples em seus gostos. Teve de pôr suas faculdades em operação a fim de obter alimento e roupas. Teve de praticar economia. LA 389 3 Os pais trabalham para pôr os filhos em posição de prosperidade, em vez de pô-los onde deviam começar por si mesmos. Este é um erro comum. Tivessem os filhos hoje de aprender na escola em que seus pais aprenderam, e se tornariam tão úteis quanto eles. Os pais têm alterado as circunstâncias para seus filhos. A pobreza foi a mestra dos pais; abundância de meios circundam o filho. Todos os seus desejos são satisfeitos. O caráter de seu pai foi moldado sob a severa disciplina da simplicidade; cada vantagem por mínima que fosse era apreciada. Os hábitos e o caráter de seus filhos serão formados, não pelas circunstâncias que uma vez existiram, mas pela situação presente -- conforto e condescendência. ... Quando o luxo existe por todos os lados, como lhes pode ele ser negado? -- Manuscrito 58, 1899. O melhor legado dos pais aos filhos LA 390 1 O melhor legado que os pais podem deixar aos filhos, é o conhecimento do trabalho útil, e o exemplo de uma vida caracterizada pela desinteressada beneficência. Por uma vida assim mostram eles o verdadeiro valor do dinheiro, que só deve ser apreciado pelo bem que pode realizar no suprir as próprias necessidades, e as dos outros, e no promover o avançamento da causa de Deus. -- Testemunhos Selectos 1:379. ------------------------Capítulo 64 -- Integridade nos negócios A Bíblia e os princípios em negócios LA 391 1 Não há nenhum ramo de negócio lícito, para o qual a Bíblia não conceda um preparo essencial. Seus princípios de diligência, honestidade, economia, temperança e pureza, são o segredo do verdadeiro êxito. Tais princípios, como os apresenta o livro dos Provérbios, constituem um tesouro de sabedoria prática. Onde poderá o negociante, o artífice, o dirigente de homens em qualquer ramo de negócios, encontrar melhores máximas para si próprio ou para seus empregados do que as que se encontram nestas palavras do sábio: LA 391 2 "Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto: não será posto perante os de baixa sorte." Provérbios 22:29. LA 391 3 "Em todo trabalho há proveito, mas a palavra dos lábios só encaminha para a pobreza." Provérbios 14:23. LA 391 4 "A alma do preguiçoso deseja e coisa nenhuma alcança." Provérbios 13:4. LA 391 5 "O beberrão e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas." Provérbios 23:21. ... LA 391 6 Quantos homens poderiam ter evitado o insucesso e ruína financeiros, se atendessem às admoestações tantas vezes repetidas e encarecidas nas Escrituras: LA 391 7 "O que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo." Provérbios 28:20. LA 391 8 "A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá aumento." Provérbios 13:11. LA 391 9 "Trabalhar por ajuntar tesouro com língua falsa é uma vaidade, e aqueles que a isso são impelidos buscam a morte." Provérbios 21:6. LA 391 10 "O que toma emprestado é servo do que empresta." Provérbios 22:7. LA 391 11 "Decerto sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro." Provérbios 11:15. -- Educação, 135, 136. LA 392 1 O oitavo mandamento condena... o furto e o roubo. Exige estrita integridade nos mínimos detalhes dos negócios da vida. Veda o engano no comércio, e requer o pagamento dos débitos e salários exatos. -- Patriarcas e Profetas, 309. Mente e caráter afetados pela desonestidade LA 392 2 Ele [aquele que pratica o engano ou profere falsidade] perde o respeito por si mesmo. Pode não estar cônscio de que Deus o vê e está a par de cada transação comercial, que santos anjos estão pesando seus motivos e ouvindo suas palavras, e que sua recompensa será segundo suas palavras; mas se fosse possível ocultar suas más práticas do exame humano e divino, o fato de que ele mesmo os conhece é degradante para sua mente e caráter. Um ato não determina o caráter, mas quebra a barreira, e a próxima tentação é mais prontamente acatada, até que afinal o hábito da prevaricação e desonestidade nos negócios é formado, e o homem deixa de merecer confiança. -- Testimonies for the Church 5:396. LA 392 3 Como tratamos com nossos semelhantes em pequenas desonestidades ou em fraudes mais ousadas, assim trataremos com Deus. Os homens que persistem num curso de desonestidade executarão seus princípios até enganarem sua própria alma e perderem o Céu e a vida eterna. Sacrificarão honra e religião por pequenas vantagens mundanas. -- The Review and Herald, 18 de Setembro de 1888. Dívidas LA 392 4 Muitas famílias são pobres porque gastam o dinheiro logo que o recebem. -- Conselhos Sobre Mordomia, 269. LA 392 5 Deveis considerar que uma pessoa não deve dirigir seus negócios de molde a incorrer em dívida. ... Quando alguém se envolve com dívidas, caiu na rede que Satanás prepara para as almas. ... LA 392 6 Gastar e usar o dinheiro para qualquer fim, antes que o mesmo seja ganho, é um laço. -- Carta 63, 1897. Palavras alguém que vivia além de seus rendimentos LA 393 1 Não te deves permitir tornar-te financeiramente embaraçado, pois o fato de estares em débito enfraquece tua fé e tende a desencorajar-te; e o só pensamento da dívida te deixa quase desvairado. Necessitas eliminar tuas despesas e procurar suprir esta deficiência em teu caráter. Podes e deves fazer determinados esforços para colocar sob controle tua disposição de gastar além de teus rendimentos. -- Carta 48, 1888. A causa de Deus pode ser desonrada LA 393 2 O mundo tem direito de esperar estrita integridade dos que professam ser cristãos bíblicos. Pela indiferença de um homem quanto a pagar suas justas dívidas, todo o nosso povo está em risco de ser considerado indigno de confiança. -- Testemunhos Selectos 2:46, 47. LA 393 3 Os que têm qualquer pretensão à piedade, devem adornar a doutrina que professam, e não dar ocasião de que a verdade seja ultrajada em virtude de seu procedimento precipitado. "A ninguém devais coisa alguma" (Romanos 13:8), diz o apóstolo. -- Testemunhos Selectos 2:49. Conselho a alguém endividado LA 393 4 Decida nunca incorrer em outro débito. Nega-te mil e uma coisas antes de entrar em outra dívida. Essa tem sido a maldição de tua vida: entrar em dívida. Evita-a, como evitarias a varíola. LA 393 5 Faze, com Deus, o solene concerto de, com a Sua bênção, pagar tuas dívidas e a ninguém dever coisa alguma, ainda que tenhas de viver a pão e água. É tão fácil, ao preparar a mesa, tirar do bolso dinheiro para extraordinários. Cuida do pouco e o muito cuidará de si mesmo. É uma moedinha aqui, uma moedinha ali, gasta para isto, aquilo, e aquele outro, que logo somam muito. Nega o eu ao menos quando estás rodeado de dívidas. ... Não vaciles, não desanimes nem desistas. Nega teu gosto, nega a condescendência com o apetite, economiza teu dinheiro e paga tuas dívidas. Esforça-te para pagá-las o mais depressa possível. Quando puderes apresentar-te novamente um homem livre, não devendo nada a ninguém, terás alcançado uma grande vitória. -- Conselhos Sobre Mordomia, 257. Mostrar consideração para com devedores insolventes LA 394 1 Se alguns são encontrados em débito e realmente incapazes de fazer frente a suas obrigações, não devem ser pressionados para fazer o que está além de suas possibilidades. Deve ser-lhes dada uma oportunidade favorável de aliviar seus débitos, e não serem postos em posição de ficarem inteiramente incapazes de se libertarem das dívidas. Embora este procedimento possa ser considerado como aplicação da justiça, não representa ele a misericórdia e o amor de Deus. -- Manuscrito 46, 1900. Perigo de posições extremadas LA 394 2 Alguns não são discretos e incorrem em débitos que podiam ser evitados. Outros exercem uma cautela que cheira a incredulidade. Tirando vantagens das circunstâncias podemos às vezes investir meios com tais vantagens que a obra de Deus será fortalecida e edificada, sendo contudo estritamente preservados os retos princípios. -- Manuscrito 20, 1891. ------------------------Capítulo 65 -- Provisão para o futuro Economia ou imprevidência LA 395 1 O irmão e a irmã B não aprenderam a lição da economia. ... Seriam capazes de gastar tudo, por mais que fosse. Esbanjariam e então, ao vir sobre eles a aflição, estariam inteiramente desprevenidos. ... Tivessem o irmão e a irmã B sido hábeis administradores, privando a si mesmos, e em vez disto teriam já há tempo um lar próprio e ainda meios de que se servir em caso de adversidade. Mas eles não querem economizar como outros têm feito, dos quais têm sido algumas vezes dependentes. Se negligenciam aprender essas lições, seu caráter não será encontrado perfeito no dia de Deus. -- Testimonies for the Church 3:30, 31. Um conselho útil LA 395 2 Tendes estado empenhado em negócios que vos poderiam render às vezes grandes somas. Depois de haverdes ganho recursos, não tendes procurado economizar para tempos em que os meios não poderiam ser ganhos tão facilmente, mas haveis gasto muito com necessidades imaginárias. Se tivésseis, juntamente com vossa esposa, compreendido ser um dever que Deus sobre vós impõe de negardes satisfazer vossos gostos e desejos e fazer provisão para o futuro em vez de viver meramente para o presente, estaríeis agora capacitado e vossa família poderia ter tido o conforto da vida. Tendes uma lição a aprender. ... Fazer que o pouco renda o máximo. -- Testimonies for the Church 2:432, 433. A uma família que devia economizar LA 395 3 Poderias ter hoje um capital para usar em caso de emergência e ajudar a causa de Deus, se tivesses economizado como devias. Cada semana uma parte de teu salário deve ser reservado e de maneira alguma tocado, salvo no caso de real necessidade para devolver ao Doador como oferta a Deus. ... LA 396 1 Os recursos que tens conseguido não têm sido sábia e economicamente gastos, de maneira a deixar margem para, no caso de vires a ficar doente, não ficar tua família privada dos meios que trazes para o seu sustento. Tua família deve ter algo de que lançar mão no caso de seres levado a situação de dificuldades. -- Carta 5, 1877. Outra família advertida LA 396 2 Toda semana deveis pôr em lugar seguro alguma quantia e não ser tocada salvo em caso de enfermidade. Com economia podes pôr alguma coisa a render. Manejando com sabedoria podes economizar alguma coisa depois de haveres pago as contas. -- Carta 49, 1884. LA 396 3 Conheci uma família que ganhava uma elevada soma semanal e gastava até o último centavo. Outra, do mesmo tamanho, que recebia cerca de metade desta importância por semana e punha de lado alguma coisa, conseguia economizar, evitando a compra de coisas que pareciam necessárias mas podiam ser dispensadas. -- Carta 156, 1901. Testamento adequado LA 396 4 Os que são fiéis mordomos dos bens do Senhor saberão exatamente em que pé estão os seus negócios, e, como homens sábios, estarão preparados para qualquer emergência. Se a morte lhes sobrevier subitamente, não deixarão grande perplexidade aos que forem chamados para fazer-lhes o inventário. LA 396 5 Muitos não são instruídos quanto à questão de fazer suas disposições testamentárias quando estão com evidente saúde. Mas esta precaução deve ser tomada por nossos irmãos. Eles devem conhecer sua condição financeira e não permitir que seus negócios se tornem embaralhados. Devem deixar seus haveres de tal maneira que possam deixá-los em qualquer tempo. LA 397 1 Devem as disposições testamentárias ser feitas de maneira que resistam à prova da lei. Uma vez formalizadas, podem permanecer por anos e nenhum dano há, se doações continuam a ser feitas de tempos em tempos à causa, segundo esta necessite. A morte não sobrevirá nem um dia mais cedo, irmãos, pelo fato de haverdes feito o vosso testamento. Na disposição de vossos bens a vossos parentes, estai certos de que não haveis esquecido a causa de Deus. Sois Seus agentes, que Lhe manejais a propriedade; e Seus reclamos devem ser vossa primeira consideração. Vossa esposa e filhos, é claro, não devem ser deixados sem nada; deve fazer-se provisão em seu favor, se são necessitados. Mas não façais, simplesmente porque é costume, uma longa lista de parentes que não são necessitados. -- Testimonies for the Church 4:482. Lembrar a causa de Deus enquanto há vida LA 397 2 Ninguém pense que satisfará o padrão de Cristo com acumular propriedade durante a vida e então fazer, por ocasião da morte, doação de uma parte a alguma instituição beneficente. -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1894. LA 397 3 Alguns egoistamente retêm seus meios durante a vida, esperando reparar sua negligência pelo lembrar-se da causa em seu testamento. Mas nem pela metade os meios assim outorgados beneficiam o objeto especificado. Irmãos e irmãs, depositai vós mesmos no Banco do Céu, e não deixeis vossa mordomia sobre outros. -- The Review and Herald, 12 de Outubro de 1886. Transferir a mordomia aos filhos nem sempre é sábio LA 397 4 Devem os pais ter grande temor de confiar aos filhos os talentos de bens que Deus lhes pôs nas mãos, a menos que tenha a absoluta certeza de que seus filhos têm maior interesse, amor e devoção pela causa de Deus do que eles mesmos, e que esses filhos serão mais fervorosos e zelosos em promover a obra de Deus, e mais benevolentes em fazer prosperar os vários empreendimentos relacionados com ela que necessitam de recursos. Mas muitos colocam seus bens nas mãos dos filhos, transferindo a eles a responsabilidade da própria mordomia porque Satanás os leva a assim proceder. Assim fazendo estão efetivamente pondo esses recursos nas fileiras do inimigo. Satanás controla a questão de molde a satisfazer a seus propósitos e afastar da causa de Deus os recursos de que necessita para que seja abundantemente mantida. -- Testimonies for the Church 2:655. A maldição de acumular riqueza LA 398 1 Os que granjeiam riquezas com o fito de acumulá-las deixam a seus filhos uma herança maldita. É um pecado, um pecado horrível que faz perigar a alma fazerem isto os pais e mães, e este pecado se estende à posteridade. Não raro gastam os filhos em loucas extravagâncias os recursos que lhes foram deixados, em desregramentos, tornando-se indigentes. Não conhecem o valor da herança que malbarataram. Tivessem os pais e mães lhes dado o devido exemplo, não em acumular mas em distribuir a riqueza, e teriam acumulado para si mesmos tesouros no Céu e recebido em troca paz e felicidade mesmo neste mundo e, no futuro as riquezas eternas. -- Carta 20, 1897. ------------------------Capítulo 66 -- As portas que precisamos guardar Por que Deus nos deu olhos, ouvido e voz LA 401 1 Deus deu aos homens olhos, para que vejam as maravilhas da Sua lei. Deu-lhes ouvidos, para que ouçam Sua mensagem, apresentada de viva voz pelo pregador. Deu aos homens o talento da fala, para que apresentem a Cristo como Salvador perdoador do pecado. Com o coração os homens crêem para a justiça, e com a boca fazem confissão para salvação. -- Carta 21, 1899. Como Satanás consegue entrada na alma LA 401 2 Todos devem vigiar os sentidos, do contrário Satanás alcançará vitória sobre eles; pois essas são as avenidas da alma. -- Testimonies for the Church 3:507. LA 401 3 Deves tornar-te fiel sentinela de teus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiseres dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos te manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. És fraca nesse sentido. -- Testimonies for the Church 2:561. LA 401 4 Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões, ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida. -- Testemunhos Selectos 2:195. LA 401 5 Meus irmãos, Deus vos convida, como seguidores Seus, a que andeis na luz. Importa que vos alarmeis. Há pecado entre vós, e não é considerado excessivamente pecaminoso. Os sentidos de muitos acham-se inativos pela condescendência com o apetite e pela familiaridade com o pecado. Precisamos avançar para mais perto do Céu. -- Testemunhos Selectos 1:403. A estratégia de Satanás LA 401 6 A obra de Satanás é levar os homens a ignorarem Deus, para assim ocupar a mente e mantê-la absorta, de modo que Deus não esteja em seus pensamentos. A educação que eles têm recebido tem sido de caráter tal que confunde a mente e obscurece a verdadeira luz. Satanás não deseja que o povo tenha conhecimento de Deus; e se ele puder pôr em operação jogos e representações teatrais que confundam os sentidos dos jovens de modo que os seres humanos pereçam nas trevas enquanto a luz brilha em torno deles, ele se rejubilará. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1900. Satanás não pode entrar na mente sem nosso consentimento LA 402 1 Devemos apresentar diante do povo o fato de que Deus tomou providências para que não fôssemos tentados acima de nossa capacidade de resistir, mas que com cada tentação dará também um meio de escape. Se vivemos inteiramente para Deus, não permitiremos que a mente se demore em imaginações egoístas. LA 402 2 Se houver um meio qualquer pelo qual Satanás possa alcançar acesso à mente, ele semeará o seu joio e o fará crescer até que redunde em farta colheita. Em caso algum pode Satanás obter domínio sobre os pensamentos, palavras e ações, a menos que voluntariamente lhe abramos a porta e o convidemos a entrar. Ele entrará então, lançando fora a boa semente semeada no coração e tornando de nenhum efeito a verdade. -- The Review and Herald, 11 de Julho de 1893. Fechar todas as portas à tentação LA 402 3 Todos quantos proferem o nome de Cristo, necessitam vigiar e orar, e guardar as entradas da alma; pois Satanás está em atividade para corromper e destruir, uma vez que lhe seja dada a mínima vantagem. -- Testemunhos Selectos 1:402, 403. LA 402 4 É perigoso deter-nos a considerar as vantagens que poderemos colher em ceder às sugestões de Satanás. O pecado resulta em desonra e ruína para toda pessoa que com ele condescende; sua natureza, porém, é de molde a cegar e iludir, e nos enganará com lisonjeiras perspectivas. Caso nos aventuremos no terreno do inimigo, não temos nenhuma garantia de proteção contra o seu poder. Cumpre-nos, no que de nós depender, cerrar toda entrada pela qual ele possa encontrar acesso à alma. -- O Maior Discurso de Cristo, 118. LA 403 1 Quem pode prever, no momento da tentação, as terríveis conseqüências que resultarão de um passo errado e apressado! Nossa única segurança é abrigarmo-nos na graça de Deus cada momento, não confiando em nossa própria visão espiritual, para que não chamemos ao mal bem, e ao bem chamemos mal. Sem hesitação ou discussão precisamos cerrar e guardar as entradas da alma contra o mal. -- Testimonies for the Church 3:324. LA 403 2 Todo cristão deve manter-se em guarda continuamente, vigiando cada entrada da alma por onde Satanás possa ganhar acesso. Ele precisa orar pedindo auxílio divino e ao mesmo tempo resistir resolutamente a cada inclinação ao pecado. Mediante coragem, fé, perseverante esforço, pode tornar-se um vitorioso. Mas lembre-se de que para alcançar a vitória Cristo precisa habitar nele e ele em Cristo. -- Testimonies for the Church 5:47. Evitar ler, ver e ouvir o mal LA 403 3 O apóstolo [Pedro] procurou ensinar aos crentes quão importante é guardar a mente de vagar por temas proibidos, ou de gastar sua energia em assuntos triviais. Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a alma vagará em trevas. -- Atos dos Apóstolos, 518, 519. LA 403 4 Devemos fazer todo o possível para pormos a nós mesmos e a nossos filhos em posição onde não vejamos a iniqüidade que é praticada no mundo. Devemos guardar cuidadosamente nossa capacidade de ver e de ouvir, para que essas coisas más não entrem em nossa mente. Quando os jornais chegam em casa, quase desejo escondê-los, para que as coisas ridículas e sensacionais não sejam vistas. Parece que o inimigo é responsável por muitas coisas que aparecem nos jornais. Todo mal que pode ser encontrado é descoberto e desnudado perante o mundo. -- Notebook Leaflets, Education, n 1. LA 404 1 Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação. E devem guardar a língua, para que não profira palavras corruptas e o engano se encontre em sua boca. -- A Solemn Appeal, 76. A resistência debilitada LA 404 2 Não procureis saber quão perto podeis andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitai a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Vosso capital é vosso caráter. Acariciai-o, como faríeis a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser acariciados firme e constantemente. Não deve haver um único afastamento da discrição; um ato de familiaridade, um deslize, podem pôr em perigo a alma, abrindo a porta da tentação, e tornar-se enfraquecido o poder de resistência. -- Medicina e Salvação, 143. Satanás procura obscurecer as glórias futuras LA 404 3 Satanás tem trabalhado continuamente para obscurecer as glórias do mundo futuro e atrair toda a atenção para as coisas desta vida. Ele tem procurado arranjar as coisas de tal maneira que nosso pensamento, nossas ansiedades, nosso trabalho sejam inteiramente empregados em coisas temporais para que não vejam nem reconheçam o valor das realidades eternas. O mundo e seus cuidados têm ocupado um lugar assaz grande, enquanto Jesus e as coisas celestiais têm tido muito pequena parte em nossos pensamentos e afeições. Devemos desempenhar conscienciosamente todos os deveres de cada dia, mas é também essencial que cultivemos acima de tudo santa afeição por nosso Senhor Jesus Cristo. -- The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1890. A ajuda dos anjos celestiais LA 405 1 Devemos ter sempre em mente que há em operação seres invisíveis, tanto do mal como do bem, procurando ganhar o controle da mente; agem com invisível e não obstante com eficaz poder. Anjos bons são espíritos ministradores, a exercer celestial influência sobre o coração e a mente; ao passo que o grande adversário das almas, o diabo, e seus anjos, estão continuamente trabalhando para efetuar nossa destruição. ... LA 405 2 Conquanto devamos estar ativamente atentos quanto a nossa exposição aos assaltos dos inimigos visíveis e invisíveis, devemos estar certos de que não poderão fazer-nos mal sem haverem antes ganho nosso consentimento. -- The Review and Herald, 19 de Julho de 1887. ------------------------Capítulo 67 -- Sons e imagens que encantam Más influências ao nosso redor LA 406 1 Há razão para profunda solicitude de vossa parte por vossos filhos, os quais estão em face da tentação a cada passo. É-lhes impossível evitar o contato com más associações. ... Contemplarão imagens e ouvirão sons, e estarão sujeitos a influências desmoralizantes que, a menos que delas se guardem inteiramente, imperceptível mas seguramente lhes corromperão o coração e deformarão o caráter. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. Muro contra a tentação LA 406 2 Nos lares cristãos deve erguer-se um muro contra a tentação. Satanás está usando todos os meios para tornar o crime e vícios degradantes populares. Não podemos andar nas ruas de nossas cidades sem encontrar chocantes notícias de crimes que serão contados e recontados nos romances e no teatro. A mente é educada para familiarizar-se com o pecado. A conduta seguida pelos baixos e vis é mantida diante do povo pelos periódicos do dia, e tudo que pode despertar a paixão é posto diante deles em agitadas histórias. -- The Bible Echo, 15 de Outubro de 1894. LA 406 3 Alguns pais e mães são tão indiferentes, tão descuidados, que acham que não faz diferença se seus filhos freqüentem a escola da igreja ou a escola pública. "Estamos no mundo", dizem, "e não podemos dele sair." Mas, pais, podemos encontrar uma boa saída do mundo, se o escolhermos. Podemos evitar ver muito dos males que se multiplicam tão depressa nos últimos dias. Podemos evitar ouvir muito das impiedades e crimes que existem. -- Notebook Leaflets, Education, n 1. Quem semeia ilegalidade ceifa o crime LA 407 1 Muitas das publicações hoje se acham repletas de histórias sensacionais, que estão educando os jovens na impiedade, e conduzindo-os ao caminho da perdição. Muitas crianças na idade são velhos no conhecimento do crime. São incitadas ao mal pelos contos que lêem. Ensaiam, na imaginação, os atos descritos, até que se lhes desperta a ambição de ver de que são capazes quanto a cometer crimes e escapar à pena. LA 407 2 Para a viva imaginação das crianças e jovens, as cenas descritas em imaginárias revelações do futuro são realidades. Ao serem preditas revoluções e descrita toda sorte de acontecimentos que derribam as barreiras da lei e da restrição ao próprio eu, muitos se possuem do espírito dessas imaginações. São levados à prática de crimes ainda piores, se possível, que os descritos por esses escritores sensacionalistas. Mediante influências assim a sociedade está se desmoralizando. As sementes da anarquia são amplamente difundidas. Ninguém se maravilhe se a colheita de crimes é o fruto. -- A Ciência do Bom Viver, 444, 445. A sedução da música popular LA 407 3 Sinto-me alarmada ao testemunhar em toda parte a frivolidade de rapazes e moças que professam crer na verdade. Deus não parece estar em seus pensamentos. Sua mente está cheia de insensatez. Sua conversação é inteiramente vazia e vã. Eles têm um agudo ouvido para a música, e Satanás sabe que órgãos provocar para animar, absorver e seduzir a mente, de maneira que Cristo não seja desejado. Os anseios espirituais da alma por conhecimento divino, por crescimento na graça, estão ausentes. LA 407 4 Foi-me mostrado que a juventude necessita assumir posição mais alta e fazer da Palavra de Deus sua conselheira e guia. Solenes responsabilidades repousam sobre os jovens, as quais eles levianamente consideram. A introdução de música em seus lares, em vez de incitá-los à santidade e espiritualidade, tem sido um meio de desviar-lhes a mente da verdade. Canções frívolas e peças de música popular do dia parecem compatíveis com seus gostos. Os instrumentos de música têm tomado o tempo que devia ter sido dedicado à oração. A música, quando não abusiva, é uma grande bênção; mas quando usada erroneamente, é uma terrível maldição. Ela estimula, mas não comunica a força e a coragem que o cristão só pode encontrar no trono da graça enquanto humildemente faz conhecidas suas necessidades e, com fortes clamores e lágrimas, suplica força celestial para se fortificar contra as poderosas tentações do maligno. Satanás está levando cativos os jovens. Oh, que posso eu dizer para levá-los a quebrar seu poder de sedução! Ele é um hábil sedutor para levá-los à perdição. -- Testimonies for the Church 1:496, 497. Pensamentos impuros levam a ações impuras LA 408 1 Este é um século em que a corrupção prolifera por toda parte. A concupiscência dos olhos e as paixões corruptas são despertadas pelo contemplar e pelo ler. O coração é corrompido pela imaginação. O espírito se compraz em contemplar cenas que despertam as mais baixas e vis paixões. Essas desprezíveis imagens, vistas através de uma imaginação deturpada, corrompem a moral e preparam as criaturas enganadas e imprudentes para darem rédeas soltas às paixões pecaminosas. Então se seguem pecados e crimes que arrastam os seres formados à imagem de Deus ao nível dos animais, afundando-os finalmente na perdição. -- Testimonies for the Church 2:410. Não contemplar coisas ímpias LA 408 2 Devem os pais exercer incessante vigia, para que não se percam de Deus os seus filhos. Os votos de Davi registrados no Salmos 101, devem ser os de todos sobre quem repousam as responsabilidades de zelar pelas influências do lar. Declara o salmista: "Não porei coisa má diante dos meus olhos; aborreço as ações daqueles que se desviam; nada se me pegará. Um coração perverso se apartará de mim: não conhecerei o homem mau. Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei: aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o suportarei. Os meus olhos procurarão os fiéis da Terra, para que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá. O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos." Salmos 101:3-7. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 119. LA 409 1 Dizei firmemente: "Não despenderei preciosos momentos em ler o que não será de nenhum proveito para mim, e que apenas me incapacita para ser de utilidade a outros. Devotarei meu tempo e meus pensamentos a adquirir capacidade para o serviço de Deus. Fecharei meus olhos a coisas fúteis e pecaminosas. Meus ouvidos são do Senhor, e não ouvirei as sutis razões do inimigo. Minha voz não estará de maneira alguma sujeita a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o templo do Espírito Santo, e toda faculdade do meu ser será consagrada a objetivos dignos." -- Testimonies for the Church 7:64. ------------------------Capítulo 68 -- A leitura e sua influência Alimentar a mente infantil com alimento próprio LA 410 1 A mente suscetível e expansiva da criança almeja o saber. Devem os pais manter-se bem informados para que possam dar ao espírito de seus filhos o alimento conveniente. Semelhante ao corpo, a mente deriva sua força do alimento que recebe. Ela se alarga e eleva por meio de pensamentos puros, fortalecedores; mas estreita-se e avilta-se com pensamentos terrenos, rasteiros. LA 410 2 Pais, sois vós os que haveis de decidir se o espírito de vossos filhos se encherá de pensamentos enobrecedores, ou de sentimentos viciosos. Não podeis conservar desocupada sua mente ativa, tampouco podeis expulsar o mal com um simples gesto de enfado. Unicamente incutindo princípios corretos, podeis excluir maus pensamentos. A não ser que os pais plantem no coração dos filhos as sementes da verdade, o inimigo semeará o joio. A instrução boa e sã é o único preventivo contra as más conversas, que corrompem os bons costumes. A verdade protegerá a alma das intermináveis tentações que terão de ser enfrentadas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 121. Os pais devem controlar os hábitos da leitura LA 410 3 Muitos jovens são ávidos por livros. Lêem qualquer coisa que possam obter. Apelo para os pais desses jovens, a fim de que governem o desejo deles pela leitura. Não permitais sobre vossas mesas revistas e jornais em que se encontrem histórias de amor. Preenchei o lugar desses com livros que auxiliem os jovens a porem na formação de seu caráter o melhor material -- o amor e o temor de Deus, o conhecimento de Cristo. Animai vossos filhos a armazenar na mente conhecimento valioso, a deixar que aquilo que é bom ocupe a alma e dirija suas faculdades, não dando lugar a pensamentos baixos, aviltantes. Restringi o desejo pela leitura que não forneça ao espírito bom alimento. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 133. LA 411 1 Devem os pais esforçar-se por conservar fora do lar toda influência que não seja produtora do bem. Neste sentido alguns pais muito têm a aprender. Aos que se sentem livres para lerem revistas de contos e romances, desejo dizer: Estais a lançar uma semente, cuja ceifa não desejaríeis armazenar. Em tal leitura não há força espiritual a ser adquirida. Antes, ela destrói o amor à verdade pura da Palavra. Mediante tais revistas de contos e novelas, Satanás está operando com o fim de encher com pensamentos irreais e fúteis as mentes que deveriam estar diligentemente a estudar a Palavra de Deus. Assim ele está a roubar de milhares de milhares o tempo, energia e disciplina própria exigidos pelos sérios problemas da vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 107. LA 411 2 As crianças necessitam de leitura apropriada que lhes proveja divertimento e recreação e não perverta a mente nem enfraqueça o corpo. Se são ensinadas a apreciar romances e novelas, livros e revistas instrutivos se tornarão sem graça. A maioria das crianças e jovens terão matéria que ler, e se não lhes for selecionada, eles o farão. Eles podem encontrar qualidade nociva de leitura em qualquer lugar, e logo aprenderão a apreciá-la; mas se se lhes fornece leitura boa e pura, cultivarão o gosto por esta. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1879. Disciplinar e educar o gosto mental LA 411 3 O gosto mental deve ser disciplinado e educado com o máximo cuidado. Devem os pais começar cedo a desvendar as Escrituras à mente em desenvolvimento de seus filhos, a fim de que se possam formar hábitos convenientes de pensamento. LA 411 4 Nenhum esforço deve poupar-se no sentido de estabelecer hábitos corretos de estudo. Se a mente divaga, fazei-a voltar. Se o gosto intelectual e moral foi pervertido por atrativos e estimulantes contos de ficção, de maneira a não haver inclinação para o espírito se aplicar, há uma batalha a ferir-se a fim de vencer este hábito. O amor à leitura de ficção deve ser de pronto vencido. Regras severas devem ser postas em execução, para conservar o espírito na direção devida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 136. Não cultivar o gosto por leitura de ficção LA 412 1 Que lerão nossos filhos? Esta é uma questão séria, e que exige uma séria resposta. Perturba-me ver, entre as famílias observadoras do sábado, periódicos e jornais que contêm histórias em série, as quais não deixam impressão para o bem na mente das crianças e jovens. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção foi assim cultivado. Tiveram o privilégio de ouvir a verdade, de familiarizar-se com as razões de nossa fé; mas chegaram aos anos mais avançados destituídos da verdadeira piedade e religião prática. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 118. LA 412 2 Os leitores de ficção estão tolerando um mal que destrói a espiritualidade, obscurecendo a beleza das sagradas letras. -- The Youth's Instructor, 9 de Outubro de 1902. Predomínio da leitura nociva LA 412 3 O mundo está inundado de livros que melhor seria queimar do que fazê-los circular. Melhor seria que nunca fossem lidos pela juventude livros sobre assuntos sensacionais, publicados e circulados com o fim de ganhar dinheiro. Há em tais livros uma fascinação satânica. ... LA 412 4 A prática da leitura de histórias é um dos meios empregados por Satanás para destruir as almas. Produz satisfação falsa e doentia, agita a imaginação, inabilita o espírito para a utilidade e para todo exercício espiritual. Afasta a alma da oração e do amor às coisas espirituais. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 133, 134. LA 413 1 Obras de romances, frívolos e provocantes contos, pouco menos ruinosos são ao leitor. Talvez o autor professe ensinar uma lição de moral, pode entretecer na obra sentimentos religiosos; freqüentemente, porém, isto não serve senão para velar a loucura e a vileza que se acham no fundo. -- A Ciência do Bom Viver, 445. Autores ateus LA 413 2 Outra fonte de perigos contra que devemos estar constantemente de sobreaviso, é a leitura de autores ateus. Tais obras são inspiradas pelo inimigo da verdade, e ninguém as pode ler sem fazer perigar a alma. É verdade que alguns dos que por elas são afetados podem refazer-se finalmente; mas todos os que se põem ao alcance de suas más influências colocam-se no terreno de Satanás, e ele tira disto a maior vantagem. Convidando eles as suas tentações, não têm sabedoria para discernir nem força para a elas resistir. Com um poder fascinante, sedutor, a incredulidade se apodera da mente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 135, 136. Lendas e mitos LA 413 3 Na educação das crianças e dos jovens dá-se agora importante lugar aos contos de fadas, mitos e histórias imaginárias. Usam-se nas escolas livros desta natureza, e encontram-se também os mesmos em muitos lares. Como podem pais cristãos permitir que seus filhos usem livros tão cheios de mentiras? Quando as crianças pedem a explicação de histórias tão contrárias aos ensinos recebidos de seus pais, a resposta é que essas histórias não são verdadeiras; mas isto não dissipa os maus resultados do uso das mesmas. As idéias apresentadas nesses livros desencaminham as crianças. Comunicam falsas idéias da vida, suscitando e nutrindo o desejo pelo irreal. ... LA 413 4 Nunca devem ser colocado nas mãos da infância e da juventude livros que contenham uma perversão da verdade. Não permitamos que nossos filhos, no próprio processo de adquirir educação, recebam idéias que se demonstrarão sementes de pecado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 384, 385. Como é destruído o vigor mental LA 414 1 Poucas mentes há equilibradas, porque os pais são impiamente negligentes quanto ao seu dever de estimular os traços debilitados e reprimir os errados. Não se lembram de que estão sob a mais solene obrigação de vigiar as tendências de cada criança, que é seu dever educar os filhos em maneiras e hábitos corretos de pensamento. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1908. LA 414 2 Cultivai as faculdades morais e intelectuais. Não permitais que essas nobres faculdades sejam debilitadas e pervertidas pela excessiva leitura de livros de histórias. Sei de espíritos fortes que se têm desequilibrado e ficado parcialmente entorpecidos ou paralisados pela intemperança na leitura. -- Testimonies for the Church 2:410. Leitura empolgante torna a criança inquieta LA 414 3 Os leitores de contos frívolos e empolgantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, achavam-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Pensamentos e conversas religiosos eram inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de embriagados mentais. Hábitos intemperantes na leitura, têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 134, 135. LA 414 4 Antes de aceitarem a verdade presente, alguns haviam formado o hábito de ler romances. Ao unirem-se à igreja, esforçavam-se para vencer esse hábito. Colocar perante essas pessoas leituras semelhantes às que abandonaram, equivaleria a oferecer bebidas intoxicantes ao embriagado. Cedendo à tentação que que sempre os acomete, logo perdem o gosto na leitura sadia. Não têm interesse no estudo da Bíblia. Debilita-se-lhes a força moral. Cada vez menos repulsivo se lhes afigura o pecado. Manifesta-se crescente infidelidade, desprazer cada vez maior pelos deveres práticos da vida. Pervertendo-se o espírito, está ele pronto para prender-se a qualquer leitura de caráter estimulante. Assim se acha aberto o caminho para Satanás levar a alma sob seu domínio completo. -- Testemunhos Selectos 3:187. Leitura corrida, superficial, enfraquece o poder de concentração LA 415 1 Com a imensa maré de material impresso a derramar-se constantemente do prelo, adultos e jovens formam o hábito da leitura apressada e superficial, e a mente perde a sua capacidade para um pensamento contínuo e vigoroso. Além disso, uma grande quantidade de revistas e livros que, à semelhança das rãs do Egito, se estão espalhando pela Terra, não é apenas coisa banal, ociosa e deprimente, mas impura e degradante. Seu efeito não consiste simplesmente em envenenar e arruinar o espírito, mas também em corromper e destruir a alma. -- Educação, 189, 190. "Não posso assinar nossas revistas" LA 415 2 Há os que professam ser irmãos que não assinam nossas revistas mas assinam uma ou mais revistas seculares. Seus filhos são profundamente interessados em leituras de ficção e novelas que se encontram nessas revistas que seus pais admitem poder pagar, embora declarem não poder assinar nossos periódicos e publicações sobre a verdade presente. ... LA 415 3 Os pais devem vigiar seus filhos e ensinar-lhes a cultivar a imaginação pura e a evitar, como evitariam a lepra, histórias de amor estilizadas em periódicos. Sejam as publicações sobre moral e religião encontradas em vossas mesas e bibliotecas, para que vossos filhos cultivem o gosto pela leitura elevada. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1879. Mensagens à juventude sobre leitura LA 416 1 Vendo o perigo que ameaça a juventude por causa das leituras impróprias, não posso abster-me de apresentar outra vez as advertências que me foram dadas acerca deste grande mal. LA 416 2 O mal que para os obreiros resulta de manusear literatura de índole reprovável é muito pouco reconhecido. O assunto com que estão tratando lhes prende a atenção e desperta o interesse. Sentenças imprimem-se-lhes na memória. São-lhes sugeridos pensamentos. Quase inconscientemente o leitor é influenciado pelo espírito do escritor, e espírito e caráter recebem impressão para o mal. Alguns há que têm pouca fé e pouco domínio próprio, e é-lhes difícil banir os pensamentos sugeridos por essa leitura. -- Testemunhos Selectos 3:187. LA 416 3 Oh, se os jovens refletissem na influência que as histórias empolgantes exercem no espírito! Podeis vós, depois de uma leitura dessas, abrir a Palavra de Deus e ler com interesse as palavras da vida? Não achais desinteressante o Livro de Deus? A fascinação daquela história de amor prende o espírito, destruindo-lhe o tono saudável, e tornando-vos impossível fixar a mente nas verdades importantes, solenes, que dizem respeito a vosso interesse eterno. Pecais contra vossos pais devotando o tempo que lhes pertence a um tão mesquinho desígnio, e pecais contra Deus em assim empregar o tempo que devia ser passado em devoção a Ele. -- Testemunhos Selectos 1:237, 238. LA 416 4 Filhos, tenho uma mensagem para vós. Estais agora decidindo vosso destino futuro, e o edifício de vosso caráter será daquela espécie que vos excluirá do Paraíso de Deus. ... Quão penoso é para Jesus, o Redentor do mundo, contemplar uma família cujos filhos não têm amor a Deus nem respeito a Sua Palavra, mas estão todos absorvidos na leitura de ficção. Tempo assim despendido rouba-vos o desejo de tornar-vos eficientes nos deveres do lar; desqualifica-vos para serdes chefe da família, e se continuado prender-vos-á mais e mais nos laços de Satanás. ... Alguns dos livros que ledes contêm excelentes princípios, mas os ledes apenas para absorver a história. Se pudésseis tirar dos livros que ledes aquilo que vos poderia ajudar na formação do vosso caráter, vossa leitura poderia fazer-vos algum bem. Mas quando tomais um livro e o folheais página por página, perguntai-vos a vós mesmos: Qual é meu objetivo nesta leitura? Estou procurando obter conhecimento substancial? Não podeis construir um caráter reto levando para o fundamento madeira, feno e palha. -- Carta 32, 1896. Plantar as sementes da verdade bíblica LA 417 1 Entre um campo inculto e a mente não educada há semelhança notável. Na mente das crianças e jovens o inimigo semeia o joio e, a menos que os pais vigiem atentamente, ele crescerá, produzindo seu mau fruto. É necessário incessante cuidado ao cultivar-se o terreno do espírito, e ao lançar-se nele a preciosa semente da verdade bíblica. Às crianças deve se ensinar a rejeitar os contos levianos, empolgantes, e volver à leitura sensata, que levará o espírito a ter interesse na narração, história e argumentação da Bíblia. A leitura que lança luz sobre o Volume Sagrado, e desperta o desejo de estudá-lo, não é perigosa, mas proveitosa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 136, 137. LA 417 2 É impossível que os jovens possuam saudável disposição mental e corretos princípios religiosos, a menos que apreciem a leitura atenta da Palavra de Deus. Este livro contém a mais interessante história, indica o caminho da salvação por meio de Cristo, e é o seu guia para uma vida mais elevada e melhor. -- Testimonies for the Church 2:410, 411. ------------------------Capítulo 69 -- Cortesia e bondade A cortesia banirá a metade dos males da vida LA 421 1 O princípio presente na injunção "amai-vos cordialmente uns aos outros" (Romanos 12:10), jaz à base do próprio fundamento da felicidade doméstica. A cortesia cristã deve reinar em todo lar. Custa pouco, mas tem poder para abrandar naturezas que sem ela se desenvolveriam ríspidas e rudes. O cultivo de uma cortesia uniforme, da disposição de fazer aos outros o que nós gostaríamos que nos fizessem a nós, seria capaz de banir metade dos males da vida. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886. A cortesia começa no lar LA 421 2 Se quisermos que nossos filhos pratiquem a bondade, a cortesia, o amor, devemos dar-lhes nós mesmos o exemplo. -- The Signs of the Times, 25 de Março de 1882. LA 421 3 Cortesia, mesmo nas coisas mínimas, devia ser mostrada pelos pais mutuamente. Bondade ilimitada deve ser a lei da família. Nenhuma linguagem rude deve ser admitida; nenhuma palavra amarga pronunciada. -- Good Health, Janeiro de 1880. LA 421 4 Todos podem possuir fisionomia radiante, voz mansa, maneiras corteses, que são elementos de poder. As crianças são atraídas por uma atitude prazenteira e radiante. Mostrai-lhes bondade e cortesia, e manifestarão o mesmo espírito para convosco, e umas para com as outras. -- Educação, 240. LA 421 5 Vossa cortesia e domínio próprio terão sobre o caráter de vossos filhos maior influência que meras palavras. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. Bondade mútua torna o lar um paraíso LA 421 6 Falarem os pais bondosamente aos filhos e louvá-los quando procuram fazer o que é direito, pode encorajar-lhes os esforços e torná-los muito felizes, atraindo para o círculo da família um encanto que espancará toda sombra e chamará a alegre claridade. Mútua bondade e paciência farão do lar um paraíso e atrairão santos anjos para o círculo da família; mas eles fugirão da casa onde há palavras desagradáveis, rixas e atritos. Ausência de bondade, queixumes e ira expulsam Jesus do lar. -- The Signs of the Times, 17 de Abril de 1884. LA 422 1 A cortesia da vida diária e a afeição que deve existir entre os membros da mesma família não dependem de circunstâncias externas. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1877. LA 422 2 Voz carinhosa, maneiras gentis e sincera afeição que encontra expressão em todos os atos, juntamente com hábitos industriosos, asseio, economia, fazem até de uma cabana o mais feliz dos lares. O Criador olha para um lar assim com aprovação. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. LA 422 3 Há muitos que devem viver menos para o mundo exterior e mais para sua própria família. Haja menos demonstração de polidez superficial e afetação para com estranhos e visitantes e mais da cortesia que brota do genuíno amor e simpatia para com os entes amados de nosso próprio lar. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. Verdadeira polidez LA 423 4 Há grande necessidade de cultivo do verdadeiro refinamento no lar. Este é um poderoso testemunho a favor da verdade. A vulgaridade de linguagem e de maneiras, seja em quem for que apareça indica coração poluído. A verdade de origem celestial jamais degrada o que a recebe, jamais o torna grosseiro ou rude. A verdade é de influência abrandadora e refinadora. Quando recebida no coração, torna o jovem respeitoso e polido. A polidez cristã é recebida unicamente sob a operação do Espírito Santo. Ela não consiste em afetação ou polidez artificial, em honras e sorrisos forçados. Esta é a espécie de polidez que os mundanos possuem, mas são destituídos da verdadeira cortesia cristã. A verdadeira cortesia, a polidez verdadeira, só é derivada do conhecimento prático do evangelho de Cristo. A verdadeira polidez, a cortesia verdadeira, é a bondade mostrada a todos, alto ou baixo, rico ou pobre. -- Manuscrito 74, 1900. LA 423 1 A essência da verdadeira polidez é a consideração para com os outros. A educação essencial e duradoura é a que alarga a simpatia, favorece a afabilidade universal. Aquela pretensa cultura que não torna o jovem atencioso para com seus pais, fazendo-o apreciador de suas boas qualidades, indulgente para com seus defeitos, e útil às suas necessidades, e que o não torna ponderado e escrupuloso, generoso e útil aos jovens, velhos e infelizes, e também cortês para com todos -- é um fracasso. -- Educação, 241. LA 423 2 A cortesia cristã é a ligadura dourada que une os membros da família nos laços de amor, tornando-se mais íntimo e mais forte cada dia. -- The Signs of the Times, 29 de Novembro de 1877. Fazer da regra de ouro a lei da família LA 423 3 As mais valiosas regras para o intercâmbio social e de família podem ser encontradas na Bíblia. Nela se encontra não apenas a mais pura e melhor norma de moralidade, mas também o mais valioso código de civilidade. No sermão do Monte, feito por nosso Salvador, contém instrução de incalculável valor para adultos e jovens. Devia ser lido sempre em família e seus preciosos ensinamentos exemplificados na vida diária. A regra de ouro: "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós" (Mateus 7:12), bem como a ordem apostólica: "Preferindo-vos em honra uns aos outros" (Romanos 12:10), deve tornar-se a lei da família. Os que estimam o espírito de Cristo manifestarão polidez no lar, um espírito de benevolência mesmo nas pequenas coisas. Estarão constantemente procurando tornar todos felizes ao seu redor, esquecendo de si mesmos em sua bondosa atenção para com os outros. Este é o fruto que nasce na árvore cristã. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1886. LA 424 1 A regra áurea é o princípio da verdadeira cortesia, e sua mais genuína ilustração se manifesta na vida e no caráter de Jesus. Oh! que suave e bela influência partia da vida diária de nosso Salvador! Que doçura exalava só de Sua presença! O mesmo espírito se revelará em Seus filhos. Aqueles em quem Cristo habita, serão circundados duma atmosfera divina. Suas brancas vestes de pureza exalarão o perfume do jardim do Senhor. Seus rostos refletirão a luz do Seu, iluminando o trilho para pés fatigados e prontos a tropeçar. -- O Maior Discurso de Cristo, 135. O melhor tratado de boas maneiras LA 424 2 O tratado mais valioso sobre boas maneiras que já foi escrito é a preciosa instrução ministrada pelo Salvador, pela voz do Espírito Santo, mediante o apóstolo Paulo, palavras essas que deveriam ser indelevelmente escritas na memória de todo ser humano, jovem ou velho: LA 424 3 "Como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos amei." João 13:34. LA 424 4 "O amor é paciente, é benigno; O amor não arde em ciúmes; Não se ufana, Não se ensoberbece, Não se conduz inconvenientemente, Não procura os seus interesses, Não se exaspera, Não se ressente do mal; Não se alegra com a injustiça, Mas regozija-se com a verdade; Tudo sofre, Tudo crê, Tudo espera; Tudo suporta. O amor jamais acaba." 1 Coríntios 13:4-8. -- Educação, 242. LA 425 1 A Bíblia recomenda a cortesia, e apresenta muitas ilustrações do espírito abnegado, das graças gentis, do temperamento cativante, que caracteriza a verdadeira polidez. Tais não são senão reflexos do caráter de Cristo. Toda ternura e cortesia verdadeira no mundo, mesmo entre os que não reconhecem o Seu nome, dEle procedem. E Ele deseja que estas características se reflitam perfeitamente nos Seus filhos. É Seu propósito que em nós os homens contemplem Sua beleza. -- Educação, 241, 242. LA 425 2 O cristianismo torna as pessoas bem educadas. Cristo era cortês, mesmo com os Seus perseguidores; e os Seus verdadeiros seguidores devem manifestar o mesmo espírito. Olhai para Paulo, conduzido perante os juízes. Seu discurso diante de Agripa é um exemplo de verdadeira cortesia, assim como de persuasiva eloqüência. O Evangelho não ensina a polidez formalista corrente no mundo, mas a cortesia que deriva de um coração cheio de bondade. -- A Ciência do Bom Viver, 489, 490. LA 425 3 Não pleiteamos aquela manifestação do que o mundo chama de cortesia, mas aquela cortesia que cada um levará consigo para as mansões dos bem-aventurados. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1912. A verdadeira cortesia LA 425 4 O mais meticuloso cultivo das propriedades externas da vida não é suficiente para limar toda a irritabilidade, aspereza nos juízos e inconveniência nas palavras. O verdadeiro refinamento não se revelará jamais, enquanto nos considerarmos a nós mesmos como o objeto supremo. O amor deve residir no coração. O cristão verdadeiro tira seus motivos de ação do profundo amor pelo Mestre. Do amor a Cristo brota o interesse abnegado por seus irmãos. -- A Ciência do Bom Viver, 490. LA 425 5 De todas as coisas que se buscam, acariciam e cultivam, coisa alguma há, tão valiosa aos olhos de Deus, como um coração puro, a disposição impregnada de reconhecimento e paz. LA 426 1 Caso exista no coração a divina harmonia da verdade e do amor, resplandecerá em palavras e ações. ... O espírito de genuína beneficência deve habitar no coração. O amor dá graça, propriedade e modéstia na conduta daquele que o possui. O amor ilumina o semblante e suaviza a voz; enobrece e eleva a inteira personalidade. Põe-na em harmonia com Deus; pois é um atributo celeste. -- Testemunhos Selectos 1:579. LA 426 2 A verdadeira cortesia não se aprende pela mera prática das regras de boas maneiras. Deve em todo o tempo ser observado o devido comportamento. Sempre que não se ache envolvida uma questão de princípios, a consideração para com os outros nos levará à conformidade com os costumes aceitos; entretanto, a verdadeira cortesia não exige o sacrifício do princípio aos usos convencionais. Ela desconhece classes sociais. Ensina o respeito de si mesmo, respeito à dignidade do homem como homem, consideração por todo membro da grande fraternidade humana. -- Educação, 240. O amor expresso em olhares, palavras e atos LA 426 3 Acima de tudo, devem os pais cercar os filhos de uma atmosfera de alegria, cortesia e amor. O lar em que habita o amor, e onde encontra expressão nos olhares, nas palavras e atos, é um lugar em que os anjos se deleitam em demorar-se. Pais, que a luz do amor, da jovialidade, e de um feliz contentamento entre em vosso próprio coração, e sua doce influência invada o lar. Manifestai espírito bondoso, paciente, e incentivai-o em vossos filhos, cultivando todas as graças que iluminarão a vida doméstica. A atmosfera assim criada será para as crianças o que o ar e a luz do Sol são para o mundo vegetal, promovendo a saúde e o vigor do espírito e corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 115. LA 426 4 Maneiras gentis, conversação agradável, atos de amor unirão o coração dos filhos a seus pais pelos suaves laços de afeição, e farão mais para tornar atrativo o lar do que os mais raros ornamentos que se poderão comprar com dinheiro. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. Mistura de pessoas de diferentes temperamentos LA 427 1 Está no propósito de Deus que pessoas de diferentes temperamentos se associem. Quando este é o caso, cada membro da família tem o dever sagrado de considerar os sentimentos e respeitar os direitos uns dos outros. Por este meio será cultivada mútua consideração e tolerância, os preconceitos serão amenizados e abrandados os pontos fortes do caráter. Deve garantir-se a harmonia, e o intercâmbio de temperamentos será benéfico a cada um. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1911. Nada justifica a falta de cortesia LA 427 2 Os que professam ser seguidores de Cristo e são ao mesmo tempo rudes, ríspidos, destituídos de cortesia em palavras e no comportamento, não aprenderam de Jesus. Um homem briguento, opressor, crítico, não é um cristão. Ser cristão é ser semelhante a Cristo. A conduta de alguns cristãos professos é tão destituída de bondade e cortesia que o bem que fazem é julgado por mal. Sua sinceridade pode não ser passível de dúvida; sua honestidade pode não ser questionada, mas sinceridade e honestidade não justificam a falta de bondade e cortesia. O cristão deve ser compassivo, assim como sincero, misericordioso e cortês como também reto e honesto. -- The Youth's Instructor, 31 de Março de 1908. LA 427 3 Qualquer negligência de atos de polidez e amável consideração da parte de irmão para com irmão, qualquer negligência de palavras bondosas e animadoras no círculo da família, quer de pais para com os filhos ou destes para com aqueles, confirma atos que produzirão um caráter anticristão. Mas se essas pequenas coisas são praticadas, tornam-se grandes coisas. Adquirem grandes proporções. Transcendem ao suave perfume na vida, o qual ascende a Deus como santo incenso. -- Manuscrito 107, 1898. Muitos anseiam por simpatia LA 428 1 Muitos anseiam intensamente por amizade e simpatia. ... Devemos ser abnegados, procurando sempre oportunidades, mesmo nas pequenas coisas, para mostrar gratidão pelos favores que temos recebido de outros e procurando ocasião de alegrar a outros e aliviar-lhes as tristezas e as cargas por atos de amável bondade e pequenos atos de amor. Esses atenciosos atos de cortesia que, começando na família se estendem fora de seu círculo, ajudam na soma do que faz feliz a vida; e a negligência dessas pequenas coisas ajudam na soma do que torna a vida amarga e triste. -- Testimonies for the Church 3:539, 540. Como se estabelece o contato com o mundo LA 428 2 É através de relações sociais que o cristão entra em contato com o mundo. Todo homem ou mulher que tenha provado o amor de Cristo e recebido no coração a iluminação divina, é convidado por Deus a derramar luz no caminho de trevas dos que não estão informados do melhor caminho. -- Testimonies for the Church 4:555. LA 428 3 Podemos mostrar mil pequenas atenções em palavras de amizade e olhares de bondade, o que se refletirá de novo sobre nós. Cristãos indiferentes manifestam por sua negligência de outros que não estão em união com Cristo. É impossível estar em união com Cristo e ainda ser desconsiderados para com outros e negligentes de seus direitos. -- Testimonies for the Church 3:539. LA 428 4 Todos nos devemos tornar testemunhas de Jesus. O poder social, santificado pela graça de Cristo, deve ser aperfeiçoado em atrair almas para o Salvador. Demos a conhecer ao mundo que não nos achamos absorvidos de forma egoísta em nossos próprios interesses, mas desejamos que os outros participem das bênçãos e privilégios que desfrutamos. Mostremos-lhes que nossa religião não nos torna faltos de simpatia nem exigentes. Que todos quantos professam haver encontrado a Cristo, sirvam, como Ele fez ao bem dos homens. Nunca deveríamos dar ao mundo a falsa impressão de que os cristãos são uma gente triste, descontente. -- O Desejado de Todas as Nações, 152. LA 429 1 Se somos corteses e gentis no lar, levaremos conosco a graça de uma agradável disposição quando fora do lar. Se manifestamos compreensão, paciência, mansidão e coragem no lar, estaremos aptos a ser luzes no mundo. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. ------------------------Capítulo 70 -- Alegria O verdadeiro cristão é alegre LA 430 1 Não permitais que as perplexidades e tristezas da vida diária aflijam vosso espírito e vos entristeçam o semblante. Se o permitirdes, tereis sempre alguma coisa que vos atormente e aborreça. A vida é o que dela fazemos, e encontraremos o que buscarmos. Se olharmos as tristezas e perplexidades, se estamos de mau humor de molde a ampliar pequenas dificuldades, encontraremos quantidades delas para nos absorver os pensamentos e a conversação. Mas se olhamos o lado brilhante das coisas, encontraremos o suficiente para nos fazer alegres e felizes. Se dermos sorrisos, eles nos serão devolvidos; se falarmos palavras prazerosas e alegres, assim nos falarão. LA 430 2 Quando os cristãos se mostram sombrios e deprimidos, como se sentissem sem amigos, dão uma impressão errônea da religião. Em alguns casos tem sido nutrida a idéia de que a alegria não é condizente com a dignidade do caráter cristão, mas isto é um erro. O Céu é todo alegria; e se carregamos para nossa alma a alegria do Céu e, tanto quanto possível o expressamos em palavras e no comportamento, seremos mais agradáveis a nosso Pai celestial do que nos mostrando deprimidos e tristes. LA 430 3 É dever de cada um cultivar a alegria em vez de ruminar tristezas e pesares. Muitos não somente se fazem muito infelizes por este procedimento, mas sacrificam a saúde e felicidade por uma imaginação mórbida. Há ao seu redor coisas que não apreciam, e sua fisionomia mostra uma sombra contínua que, mais que palavras, expressam seu descontentamento. Essas emoções depressivas causam-lhes grande dano à saúde, pois embaraçando o processo digestivo, interferem com a nutrição. Ao passo que a preocupação e ansiedade não remediam um simples mal, podem produzir grande dano; mas alegria e esperança, ao mesmo tempo que iluminam o caminho de outros, "são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo". Provérbios 4:22. -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885. A Sra. White mostrou alegria na adversidade LA 431 1 Viu-me alguma vez triste, acabrunhada, queixosa? Eu tenho uma crença que me impede isto. É uma concepção errônea do verdadeiro ideal do caráter e do serviço cristãos que leva a essa conclusão. É a falta de genuína religião que produz acabrunhamento, desalento, tristeza. O cristão fervoroso procura imitar a Jesus, pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. É realmente essencial ter correta compreensão da vida de Cristo, dos hábitos de Cristo, para que Seus princípios possam ser reproduzidos em nós que desejamos ser semelhantes a Cristo. LA 431 2 Um serviço a meio, amando o mundo, amando o eu, amando divertimentos frívolos, faz um servo tímido, covarde; segue a Jesus de longe. O serviço feito de boa vontade e de coração a Jesus, produz uma religião radiante. Os que seguem a Cristo bem de perto não se mostram sombrios. Em Cristo há luz, paz e alegria permanentes. Necessitamos mais de Cristo e menos do mundo, mais de Cristo e menos do próprio eu. -- Manuscrito 1, 1867. Andar como filhos da luz LA 432 1 Não é a vontade de Deus que andemos tristes ou impacientes, nem que sejamos levianos e frívolos. É o estudado plano de Satanás impelir as pessoas de um extremo para outro. Como filhos da luz, Deus quer que cultivemos um espírito alegre, feliz, para que anunciemos as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. -- Australasian Union Conference Record, 1 de Novembro de 1904. Conquistar a afeição das crianças LA 432 2 Sorride, pais! Sorride, professores! Se vosso coração está triste, que vosso rosto não revele. Deixai que a alegria de um coração amorável e grato refulja no rosto. Saí de vossa fria dignidade, adaptando-vos às necessidades das crianças, fazendo que elas vos amem. Necessitais conquistar-lhes a afeição, se quereis imprimir-lhes no coração as verdades religiosas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 68. Fisionomia agradável e voz melodiosa LA 432 3 Pais, sede alegres, não vulgares e fúteis, mas sede agradecidos, obedientes e submissos a vosso Pai celestial. Não estais na liberdade de agir segundo vossos sentimentos, se surgem circunstâncias que vos irritam. O amor triunfante deve assemelhar-se a águas profundas, sempre a fluir no trato com vossos filhos. Eles são os cordeiros do rebanho de Deus. Levai vossos pequenos a Cristo. Se os pais desejam educar seus filhos para serem amáveis, jamais devem falar-lhes de maneira brutal. Educai-vos a vós mesmos de molde a revelar uma fisionomia aprazível, e ponde na voz toda melodia e suavidade possíveis. Os anjos de Deus estão sempre perto de vossos pequenos, e vosso tom alto e ríspido de impaciência não lhes agrada aos ouvidos. -- Manuscrito 126, 1897. LA 432 4 A mãe deve cultivar disposição alegre, contente e feliz. Todo esforço neste sentido será abundantemente recompensado, tanto na boa condição física como no caráter de seus filhos. O espírito satisfeito promoverá a felicidade de sua família, melhorando em alto grau a saúde dela própria. -- A Ciência do Bom Viver, 374. Afastar as sombras e diminuir as cargas LA 433 1 Considerai as questões sob uma luz alegre, procurando afastar as sombras que, se acariciadas, acabariam por envolver a alma. Cultivai simpatia por outros. Deixai que a alegria, bondade e amor inundem o lar. Isto aumentará o amor pelos exercícios religiosos, e os deveres grandes e pequenos serão cumpridos com o coração leve. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1898. Alegria sem leviandade LA 433 2 Podemos ter verdadeira dignidade cristã e ao mesmo tempo ser alegres e aprazíveis em nosso comportamento. Alegria sem leviandade é uma das graças cristãs. -- Testimonies for the Church 4:62. ------------------------Capítulo 71 -- Linguagem A voz é um talento LA 434 1 A voz é um talento confiado, e deve ser usada como um auxílio, encorajamento e fortalecimento de nosso próximo. Se os pais amarem a Deus e guardarem o caminho do Senhor para fazer justiça e juízo, sua linguagem não terá um cheiro de sentimentalismo doentio. Ela terá um caráter sadio, puro, edificante. Seja no lar ou fora, suas palavras serão bem escolhidas. Não descerão à vulgaridade. -- Manuscrito 36, 1899. Cada palavra tem sua influência LA 434 2 Cada palavra pronunciada por pais e mães tem a sua influência sobre os filhos, para o bem ou para o mal. Se os pais usarem linguagem violenta, se mostrarem o espírito revelado pelos filhos deste século, Deus os considerará como filhos deste mundo e não como Seus filhos e filhas. -- Manuscrito 100, 1902. LA 434 3 Uma palavra dita no devido tempo poderá ser uma boa semente no espírito juvenil e pode resultar em conduzir os pequenos pés no caminho reto. Mas uma palavra inoportuna pode levar seus pés ao caminho da ruína. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. LA 434 4 Os anjos ouvem as palavras que são ditas no lar. Portanto, nunca ralheis, mas deixai que a influência de vossas palavras seja de tal natureza que ascenda ao Céu como perfumado incenso. -- Carta 10, 1912. LA 434 5 Devem os pais manter a atmosfera do lar fragrante e pura com palavras de bondade, com terna simpatia e amor; mas ao mesmo tempo devem ser firmes e inamovíveis no princípio. Se sois firmes com vossos filhos, poderão pensar que os não amais. Isto podeis esperar, mas jamais manifesteis aspereza. A justiça e a misericórdia devem dar-se as mãos; não deve haver vacilação ou movimentos impulsivos. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. A linguagem como manifestação da graça interior LA 435 1 O principal requisito da linguagem é que seja pura, benévola e verdadeira -- a expressão exterior de uma graça interna. ... A melhor escola para a cultura da voz é o lar. -- Educação, 235. LA 435 2 Palavras bondosas são como orvalho e generosos chuveiros para a alma. As Escrituras dizem de Cristo que a graça fora derramada em Seus lábios, para que Ele pudesse falar "uma palavra a seu tempo àquele que está enfermo". E o Senhor nos adverte: "A vossa palavra seja sempre agradável" (Colossences 4:6), "para que dê graça aos que a ouvem." Efésios 4:29. -- The Youth's Instructor, 31 de Março de 1918. O cultivo da voz no lar LA 435 3 No círculo do lar deve dar-se instrução quanto ao cultivo da voz. Os pais devem ensinar os filhos a falar tão distintamente que os que estão ouvindo possam compreender cada palavra dita. Devem ensiná-los a ler a Bíblia de maneira clara, com pronúncia distinta, de modo a honrar a Deus. E não deixeis os que se ajoelham em volta do altar de família apoiar o rosto nas mãos e na cadeira, quando se dirigem a Deus. Levantem eles ao alto a cabeça com santo temor e ousadia e cheguem-se ao trono da graça. -- Manuscrito 4, 1901. LA 435 4 Sede puros no falar. Cultivai um tom de voz brando e persuasivo, e não ríspido e ditatorial. Dai aos filhos lições sobre o cultivo da voz. Educai seus hábitos no falar, até que as palavras ásperas ou rudes não saiam espontaneamente de seus lábios quando qualquer prova lhes sobrevém. -- Manuscrito 60, 1903. LA 435 5 A cultura da voz é assunto que muito tem que ver com a saúde dos estudantes. Aos jovens se deve ensinar a respirar convenientemente e a ler de maneira que nenhum esforço anormal sobrevenha à garganta e pulmões, mas que esse trabalho seja participado pelos músculos abdominais. Falar da garganta, deixando o som vir da parte superior dos órgãos vocais, prejudica a saúde desses órgãos e diminui sua eficiência. Os músculos abdominais devem fazer a parte mais pesada do trabalho, sendo a garganta usada como um conduto. Muitos que têm morrido poderiam ter vivido caso lhes tivesse sido ensinado como fazer uso da voz, de maneira correta. O devido uso dos músculos abdominais no ler e falar, mostrar-se-á remédio para muitas anomalias da voz e do tórax, e meio de prolongar a vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 297. O efeito de palavras ásperas e impertinentes LA 436 1 No lar onde são pronunciadas palavras ásperas, impertinentes, mal-humoradas, as crianças choram muito; e em sua tenra sensibilidade são impressas as marcas da infelicidade e da discórdia. Portanto, mães, deixai que vossa face se ilumine com alegria. Sorride, se puderdes, e a mente e o coração dos pequenos refletirão a luz do vosso rosto como a pintura aprimorada de um artista retrata as feições humanas. Assegurai-vos, mães, de que tendes a Cristo habitando em vós, de maneira que na mente influenciável de vossos filhos seja impressa a semelhança divina. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1904. Não haja nota dissonante LA 436 2 Não permitais que qualquer atrito ou dissensão penetre no lar. Falai delicadamente. Nunca levanteis a voz ao ponto de aspereza. Conservai-vos calmos. Afastai a crítica e toda falsidade. Dizei aos filhos que desejais ajudá-los a se prepararem para um santo Céu, onde tudo é paz, onde nenhuma nota desarmoniosa é ouvida. Sede pacientes com eles em suas provações, que para vós parecem pequenas, mas para eles são grandes. -- Manuscrito 14, 1905. LA 436 3 Quando pais e mães forem convertidos, haverá inteira conversão de seus princípios na maneira de dirigir. Seus pensamentos serão convertidos; a língua também. ... LA 436 4 Não haverá palavras em tom alto ou iradas no lar. Serão as palavras de natureza a abrandar e abençoar o ouvinte. ... Tirai de vossa voz tudo que a enfeie. -- Carta 75, 1898. LA 437 1 Cumpre submetermos um temperamento impulsivo, e dominar nossas palavras; e a esse respeito conseguiremos grandes vitórias. A menos que controlemos nossas palavras e nosso temperamento, somos escravos de Satanás. Achamo-nos sujeitos a ele. Ele nos leva cativos. Todas as palavras de altercação, palavras desagradáveis, impacientes, irritadas, são uma oferta feita a sua satânica majestade. E é uma custosa oferta, mais custosa do que qualquer sacrifício que possamos fazer a Deus; pois ela destrói a paz e a felicidade de famílias inteiras, destrói a saúde, e é afinal causa de perder-se uma vida eterna de felicidade. -- Testemunhos Selectos 1:108. Devem as palavras causar alegria ou tristeza? LA 437 2 É importante que as crianças e jovens sejam ensinados a vigiar suas palavras e ações; pois sua conduta produz alegria ou tristeza, não apenas em seu lar, mas também a todos com quem entrem em contato. -- The Youth's Instructor, 5 de Novembro de 1896. LA 437 3 Não raro se causa descontentamento pelo uso desavisado do talento da fala. A Palavra de Deus não autoriza ninguém a falar asperamente, criando por isto desagradáveis sentimentos de infelicidade na família. Os outros membros da família perdem o respeito por aquele que assim fala, quando é certo que se ele restringisse seus sentimentos, poderia conquistar a confiança e afeição de todos. -- Manuscrito 60, 1903. Palavras bondosas e respeitosas LA 437 4 Falem os pais aos filhos somente palavras bondosas, e os filhos falem aos pais apenas palavras respeitosas. Deve dar-se atenção a estas coisas no lar; pois se, na construção de seu caráter, os filhos formarem hábitos de retidão, será muito mais fácil serem eles ensinados por Deus e serem obedientes a Seus mandamentos. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896. Expulsar a vulgaridade LA 437 5 Pais e mães, esposos e esposas, irmãos e irmãs, não vos eduqueis na linha de vulgaridade de ação, de palavra ou pensamento. Expressões grosseiras, gestos baixos, falta de polidez e verdadeira cortesia na vida doméstica, se tornarão uma segunda natureza, incapacitando-vos para a associação com aqueles que se estão tornando santificados pela verdade. O lar é um lugar demasiado santo para ser poluído pela vulgaridade, pela sensualidade, pela recriminação e escândalo. Silenciai a má palavra; afastai o pensamento não santificado, pois a Testemunha Fiel pesa cada palavra, avalia cada ação, e declara: "Eu sei as tuas obras." Apocalipse 3:15. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. LA 438 1 O linguajar em termos chulos, baixos, comuns, não deve ocorrer na família. Quando o coração é puro, ricos tesouros de sabedoria dele fluirão. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1898. LA 438 2 Não admitais conversas tolas em vosso lar. Mesmo as crianças muito novas se beneficiarão pelo "modelo das sãs palavras". 2 Timóteo 1:13. Mas palavras vulgares e tolas trocadas entre pai e mãe darão motivo à mesma espécie de palavras entre os filhos; outrossim palavras sãs, amáveis, verdadeiras, sérias, farão que haja no lar todo palavras idênticas e motivarão também ações corretas. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. Resultados de palavras iradas e irrefletidas LA 438 3 Quando falais a vossos filhos palavras iradas, estais ajudando a causa do inimigo de toda justiça. Tenha cada criança uma justa oportunidade desde o berço. A tarefa de ensinar deve começar na meninice, não se fazendo acompanhar por rispidez e dureza, mas por bondade e paciência; e esta instrução deve ter prosseguimento através de todos os seus anos até a idade adulta. -- Manuscrito 53, 1912. LA 438 4 Que cada família busque o auxílio do Senhor em fervorosa oração para fazer a obra de Deus. Que vençam os hábitos do falar irrefletido e o desejo de incriminar a outros. Aprendam a serem bondosos e corteses no lar, para formarem hábitos de cortesia e cuidado. -- Manuscrito 31, 1907. LA 439 1 Que danos se produzem na família pelo proferir palavras impacientes, pois o falar impaciente de um leva o outro a retrucar no mesmo espírito e maneira. Vêm então palavras de retaliação, de justificação pessoal, e é mediante tais palavras que um jugo pesado e doloroso é feito para o vosso pescoço; pois todas essas palavras amargas retornarão como funesta colheita para vossa alma. -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913. LA 439 2 Palavras duras atingem o coração através do ouvido, despertando as piores paixões da alma e tentando homens e mulheres a quebrar os mandamentos de Deus. ... Palavras são como sementes que se plantam. -- Carta 105, 1893. Palavras coléricas, uma blasfêmia LA 439 3 Há entre os membros de muitas famílias o hábito de dizer coisas com liberdade e descuido; e o hábito de proferir palavras duras, torturantes, torna-se cada vez mais forte à medida em que é tolerado, e assim muitas palavras objetáveis que são proferidas o são segundo a ordem de Satanás, e não segundo a ordem de Deus. ... Palavras ardentes de ira jamais deviam ser proferidas, pois são à vista de Deus e dos santos anjos como uma espécie de blasfêmia. -- The Youth's Instructor, 20 de Setembro de 1894. Como perdeu um pai a confiança dos filhos LA 439 4 Meu irmão, tuas palavras pesadas ferem teus filhos. Com o passar dos anos, a tendência deles para criticar aumentará. O costume de criticar te está corrompendo a vida e alcançando tua esposa e filhos. Estes não são encorajados a depositar confiança em ti ou a reconhecer as próprias faltas, porque sabem que tua severa reprimenda certamente se seguirá. Tuas palavras são muitas vezes como desoladora saraiva que acaba com as tenras plantas. É impossível calcular o dano que assim se produz. Teus filhos se servem do engano para escapar às duras palavras que proferes. Fugirão à verdade para escapar à censura e punição. Ordens duras e frias não lhes farão bem algum. -- Carta 8a, 1896. Compromisso sugestivo LA 440 1 Seria bom que cada pessoa assinasse um compromisso de falar bondosamente em seu lar, permitindo que a lei do amor lhe governasse as palavras. Pais, nunca faleis precipitadamente. Se vossos filhos erram, corrigi-os, mas deixai que vossas palavras sejam palavras cheias de ternura e amor. Cada vez que ralhais, perdeis uma preciosa oportunidade de dar uma lição de tolerância e paciência. Seja o amor a característica mais proeminente quando corrigis o erro. -- Carta 29, 1902. Conversação à mesa LA 440 2 Quantas famílias temperam sua refeição com dúvidas e contestações! Dissecam o caráter de seus amigos e servem-no como saborosa sobremesa. Um precioso pedaço de maledicência percorre a mesa para ser comentado, não apenas pelos adultos, mas pelas crianças. E nisto Deus é desonrado. -- Testimonies for the Church 4:195. LA 440 3 No lar o espírito de crítica e maledicência não deve ocorrer. A paz do lar é demasiado sagrada para ser maculada por este espírito. Mas não raro, quando assentados à mesa, os membros da família passam ao redor um prato de criticismo, de diz-que-diz-que, de escândalo. Viesse Cristo hoje, e não encontraria muitas das famílias que se dizem cristãs acariciando o espírito de criticismo e maldade? Os membros de tais famílias não estão aptos para se unirem com os membros da família de cima. -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1904. LA 440 4 Seja a conversação da mesa da família de tal natureza que deixe uma fragrante influência no espírito dos filhos. -- Manuscrito 49, 1898. Diz-que-diz-que e mexerico LA 440 5 Pensamos com horror nos canibais que se banqueteiam com a carne ainda quente e trêmula de sua vítima; mas serão os resultados desta mesma prática mais terríveis do que a agonia e ruína causadas pela difamação dos intuitos, pela mancha da reputação, pela dissecação do caráter? Aprendam as crianças, bem como os jovens, o que Deus diz a respeito destas coisas: "A morte e a vida estão no poder da língua." Provérbios 18:21. -- Educação, 235. LA 441 1 O espírito da tagarelice e maledicência é um dos instrumentos especiais de Satanás, para semear a discórdia e a luta, para separar amigos e solapar a fé de muitos na veracidade de nossas crenças. -- Testemunhos Selectos 1:490. Semear a desconfiança ajuda o inimigo LA 441 2 É próprio dos seres humanos falar palavras ferinas. Os que se entregam a esta inclinação abrem a porta para que Satanás entre no coração e os leve a depressa se lembrarem das falhas e erros de outros, demorando-se em suas faltas, notando-lhes as deficiências, e pronunciam-se palavras que promovem a falta de confiança em quem está fazendo o melhor que pode para desempenhar o seu dever como coobreiro de Deus. Muitas vezes a semente da desconfiança é semeada porque alguém pensa que devia ter sido favorecido mas não o foi. -- Carta 169, 1904. LA 441 3 Deus convida os crentes a que cessem de buscar faltas, de falar desavisada e maldosamente. Pais, sejam as palavras que falardes a vossos filhos bondosas e agradáveis, para que os anjos tenham vossa ajuda em levá-los a Cristo. Uma reforma completa é necessária na igreja do lar. Que comece já. Cesse todo o murmurar, irritar-se e ralhar. Os que se impacientam e gritam expulsam os anjos celestiais e abrem a porta aos anjos maus. -- Carta 133, 1904. Tolerância paterna e paciência LA 441 4 Pais, quando vos sentis irritados, não deveis cometer um pecado tão grande como o de envenenar toda a família com essa perigosa irritabilidade. Em tais ocasiões, ponde uma dupla guarda sobre vós mesmos, e resolvei no coração não ofender com vossos lábios; que só haveis de proferir palavras agradáveis, animadoras. Dizei-vos a vós mesmos: "Não arruinarei a felicidade de meus filhos com uma palavra irritada." Controlando-vos assim, tornar-vos-eis mais fortes. Vosso sistema nervoso não será tão sensitivo. Sereis fortalecidos pelos princípios do direito. A consciência de estardes vos desempenhando fielmente vosso dever vos fortalecerá. Os anjos de Deus aprovarão os vossos esforços, e ajudar-vos-ão. -- Testemunhos Selectos 1:135. LA 442 1 Pais e mães, falai bondosamente a vossos filhos, lembrai-vos de como sois sensíveis, e do efeito que têm sobre vós as censuras; refleti e reconhecei que eles são como vós. O que não podeis suportar, não lanceis sobre eles. Se não vos é possível sofrer censura e acusação, tampouco o podem vossas crianças, mais fracas do que vós, e que não podem suportar tanto. Sejam sempre vossas palavras aprazíveis, alegres, como raios de sol em vossa família. Os frutos do domínio próprio, da solicitude e do esforço serão centuplicados. -- Testemunhos Selectos 1:151. Ocasião para silenciar ou cantar LA 442 2 Virão provas, é verdade, mesmo aos que são inteiramente consagrados. A paciência do mais paciente será severamente provada. O esposo ou a esposa podem proferir palavras passíveis de provocar resposta precipitada, mas o atingido guarde silêncio. No silêncio há segurança. Muitas vezes o silêncio é a mais severa repreensão que se poderia fazer a quem haja pecado com os lábios. -- Manuscrito 70, 1903. LA 442 3 Quando eles [as crianças e os jovens] perdem o domínio próprio e falam palavras iradas, uma atitude de silêncio é muitas vezes a melhor conduta a seguir, não adotando uma linha de reprovação, argumento ou condenação. O arrependimento virá muito cedo. O silêncio que é de ouro muitas vezes fará mais que todas as palavras que pudessem ser proferidas. -- Manuscrito 59, 1900. LA 442 4 Quando outros são impacientes, mal-humorados, queixosos, porque o eu não foi subjugado, começai a cantar alguns dos cânticos de Sião. Enquanto Cristo estava trabalhando no banco de carpinteiro, se outros se aproximassem dEle, procurando levá-Lo à impaciência, Ele Se punha a cantar algum dos belos salmos, e antes que se dessem conta do que estavam fazendo, tinham-se unido a Ele no cântico, influenciados, por assim dizer, pelo poder do Espírito Santo que ali estava. -- Manuscrito 102, 1901. A batalha pelo domínio próprio na linguagem LA 443 1 Deus deseja que os pais, pelo domínio próprio, por um exemplo de sólida edificação do caráter, esparjam luz no círculo imediato de seu pequeno rebanho. Nenhuma conversação barata, comum, deve ser tolerada. Deus olha para dentro de todo motivo secreto da vida. Uma constante batalha para o domínio próprio é sustentada por alguns. Diariamente se empenham em silenciosa oração contra a aspereza do falar e do temperamento. Esta batalha pode não ser jamais apreciada por seres humanos. Eles podem não receber louvores de lábios humanos por haverem retido as palavras impetuosas que pretendiam dizer. O mundo jamais considerará essas conquistas, e se pudesse, desprezaria tão-somente os conquistadores. Mas nos registros do Céu eles são inscritos como vencedores. Há Alguém que testemunha cada secreto combate e cada vitória silenciosa, e diz: "Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade." Provérbios 16:32. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899. LA 443 2 Se vos recusais a vos exaltar, irar ou vituperar, o Senhor vos mostrará o caminho de saída. Ele vos ajudará a usar o talento da linguagem de maneira tão cristã que os preciosos atributos da paciência, conforto e amor serão levados para dentro do lar. -- Manuscrito 67, 1901. ------------------------Capítulo 72 -- Hospitalidade Anjos podem ser hospedados em nossos dias LA 445 1 A Bíblia põe muita ênfase na prática da hospitalidade. Não somente a recomenda como um dever, mas apresenta muitos belos quadros do exercício desta graça e das bênçãos que ela traz. Entre estes, destaca-se o exemplo de Abraão. ... LA 445 2 Tais atos de cortesia foram reputados por Deus suficientemente importantes para serem registrados em Sua Palavra; e mais de mil anos depois, esses atos foram mencionados por um inspirado apóstolo: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram anjos." Hebreus 13:2. LA 445 3 O privilégio concedido a Abraão e a Ló, não nos é negado a nós. Mostrando hospitalidade aos filhos de Deus nós, também, podemos receber-Lhe os anjos em nossa morada. Mesmo nos dias atuais, anjos em forma humana entram no lar dos homens e são aí hospedados por eles. E os cristãos que vivem à luz do rosto de Deus estão sempre acompanhados por anjos invisíveis, e esses seres santos deixam após si uma bênção em nosso lar. -- Testemunhos Selectos 2:568, 569. Oportunidades e privilégios negligenciados LA 445 4 "Dado à hospitalidade" (Tito 1:8), eis uma das especificações mencionadas pelo Espírito Santo como devendo assinalar uma pessoa apta a assumir responsabilidades na igreja. E a toda a igreja é feita a recomendação: "Sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações. Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." 1 Pedro 4:9, 10. LA 445 5 Essas admoestações têm sido estranhamente negligenciadas. Mesmo entre os que professam ser cristãos, pouco exercida é a verdadeira hospitalidade. Entre nosso próprio povo, não é considerada como deve ser a oportunidade de ser hospitaleiro, como um privilégio e uma bênção. Há positivamente muito pouca sociabilidade, muito pouca disposição de fazer lugar para mais dois ou três à nossa mesa de família, sem embaraço ou ostentação. -- Testemunhos Selectos 2:569, 570. Desculpas que não convencem LA 446 1 Tenho ouvido muitos se omitirem de convidar ao seu lar e ao seu coração os santos de Deus: "É que não tenho nada preparado; nada cozinhei hoje; é melhor que eles vão para outro lugar." E nesse outro lugar pode haver algumas outras escusas inventadas para não receber os que necessitam de hospitalidade, e os sentimentos dos visitantes são profundamente feridos, saindo com desagradável impressão a respeito da hospitalidade desses professos irmãos. Se não tendes pão, irmã, imitai o caso relatado na Bíblia. Ide ao vizinho, e dizei: "Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho o que apresentar-lhe." Lucas 11:5, 6. LA 446 2 Não temos sequer um exemplo da falta de pão ter sido usada como motivo para recusarmos receber um necessitado. Quando Elias veio à viúva de Sarepta, ela repartiu o seu bocado com o profeta de Deus, e Ele operou um milagre e fez que por este ato de prover um lar para Seu servo e com ele partilhar o seu bocado, fosse ela própria sustentada e preservada a sua vida e a de seu filho. Assim será no caso de muitos, se desta maneira procederem cuidadosamente, para a glória de Deus. LA 446 3 Alguns alegam sua falta de saúde: teriam prazer em fazê-lo, se tivessem forças. Estes têm por tão longo tempo se concentrado em si mesmos e pensado tanto em seus próprios pobres sentimentos, provas e aflições que isto é sua presente verdade. Não pensam em ninguém mais senão em si mesmos, embora muitos outros possam estar em necessidade de simpatia e assistência. Os que estais padecendo falta de saúde, há para vós um remédio. Se vestirdes o nu e recolherdes em casa o pobre desterrado, e repartirdes o vosso pão com o faminto, então "romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará". Isaías 58:8. Fazer o bem é um excelente remédio para as enfermidades. Os que se empenham na obra são convidados a apelar para Deus, e Ele tem empenhado Sua Palavra de que lhes responderá. Sua alma será farta em lugares secos, e serão como um jardim regado, e como uma fonte, cujas águas nunca faltam. -- Testimonies for the Church 2:28, 29. Bênçãos perdidas por exclusivismo egoísta LA 447 1 Deus Se desagrada com o interesse egoísta tantas vezes manifestado por "mim e minha família". Toda família que manifesta esse espírito necessita converter-se pelos puros princípios manifestados na vida de Cristo. Os que se encerram em si mesmos, que não estão dispostos a se incomodar para dar hospedagem, perdem muitas bênçãos. -- Testemunhos Selectos 2:570, 571. LA 447 2 Anjos estão observando para ver se aproveitamos as oportunidades ao nosso alcance para fazermos o bem; estão esperando para ver se abençoaremos a outros, para que eles por sua vez nos abençoem. O Senhor mesmo nos fez com sorte diversa -- alguns pobres, outros ricos, alguns afligidos -- para que todos possamos ter uma oportunidade de desenvolver o caráter. Aos pobres é propositadamente permitido por Deus que o sejam, a fim de que sejamos testados e provados e desenvolvamos o que está em nosso coração. -- Testimonies for the Church 2:28. LA 447 3 Quando o espírito de hospitalidade morre, o coração fica paralisado pelo egoísmo. -- Manuscrito 41, 1903. A quem mostrar hospitalidade? LA 447 4 Nossas recreações sociais não deveriam ser ditadas pelos costumes do mundo, mas pelo espírito de Cristo, e pelos ensinos de Sua Palavra. Os israelitas, em todas as suas festas, admitiam os pobres, os estrangeiros e os levitas, os quais eram ao mesmo tempo ajudantes do sacerdote no santuário, mestres de religião e missionários. Todos estes eram considerados hóspedes do povo, recebendo deste hospitalidade durante as festas sociais e religiosas, e sendo atendidos carinhosamente em suas enfermidades e necessidades. A pessoas assim devemos acolher bem em nosso lar. Quanto esse acolhimento não alegraria e daria animação ao enfermeiro ou mestre missionários, à mãe carregada de cuidados e trabalhos árduos, ou às pessoas fracas e idosas, que vivem muitas vezes sem lar, lutando com a pobreza e com tantos desalentos! LA 448 1 "Quando deres um jantar ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos e serás bem-aventurado; porque não têm com que to recompensar; porque recompensado serás na ressurreição dos justos." Lucas 14:12-14. LA 448 2 Estes são hóspedes que não nos custará muito receber. Não necessitareis de dispensar-lhes uma hospedagem dispendiosa e elaborada. O calor das boas-vindas, um assento ao pé do lume e outro à vossa mesa, o privilégio de compartilhar da bênção do culto de família, será, para muitos destes pobres, como um antegozo do Céu. LA 448 3 Nossas simpatias devem transbordar para além de nossa personalidade e do círculo de nossa família. Há preciosas oportunidades para os que desejam fazer de seu lar uma bênção para outros. A influência social é uma força maravilhosa. Se queremos, podemos valer-nos dela para auxiliar aqueles que nos rodeiam. -- A Ciência do Bom Viver, 352-354. Um refúgio para a juventude tentada LA 449 1 Nosso lar deve ser um refúgio para os jovens que sofrem tentações. Muitos há que se encontram na encruzilhada dos caminhos. Toda influência e impressão recebida determina a escolha do rumo de seu destino nesta vida e na porvir. O mal os atrai. Seus pontos de reunião são brilhantes e sedutores, e todos são aí muito bem recebidos. Em redor de nós há jovens sem família, ou cujos lares não exercem sobre eles uma força protetora nem enobrecedora, e eles se vêem arrastados para o mal. Encaminham-se para a ruína aos nossos olhos. LA 449 2 Esses jovens necessitam que se lhes estenda a mão da simpatia. Uma boa palavra dita com sinceridade e uma pequena atenção para com eles varrerão as nuvens da tentação que se amontoam sobre sua alma. A verdadeira expressão da simpatia filha do Céu tem o poder de abrir a porta do coração que necessita da fragrância de palavras cristãs, e do simples, delicado contato do espírito do amor de Cristo. Se quiséssemos dar provas de algum interesse pela juventude, convidá-la a nossa casa, e cercá-la aí de influências alentadoras e proveitosas, muitos haveria que de boa vontade dirigiriam seus passos numa escala ascensional. -- A Ciência do Bom Viver, 354, 355. Preservar a simplicidade da família LA 449 3 Quando vêm visitas, o que sucede freqüentemente, não se deve permitir que elas absorvam todo o tempo e atenção da mãe; o bem-estar temporal e espiritual dos filhos deve vir primeiro. Não se deve despender o tempo em preparar bolos caros, tortas e alimentos não saudáveis para serem levados à mesa. São estes uma despesa extra, e muitos não a podem permitir. Mas o maior mal está no exemplo. Seja preservada a simplicidade da família. Não procureis dar a impressão de que mantendes um padrão de vida que está além de vossos recursos. Não procureis parecer o que não sois, seja na preparação da mesa, seja em vossas maneiras. LA 450 1 Conquanto devais tratar vossas visitas com bondade e fazê-las sentir como se estivessem na própria casa, é vosso dever lembrar que sois educador dos pequenos que Deus vos deu. Eles vos estão observando, e vossa conduta não deve de maneira nenhuma dirigir-lhes os pés no caminho errado. Sede para vossas visitas justo o que sois para vossa família diariamente: agradáveis, considerados, corteses. Desta maneira todos podem ser educadores, um exemplo de boas obras. Eles testificam que há algo mais essencial que conservar a mente no que comer e beber e com que se vestirão. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 143. Manter atmosfera de paz e repouso LA 450 2 Poderíamos ser muito mais felizes e mais úteis se nossa vida no lar e intercâmbio social fossem governados pela mansidão e simplicidade de Cristo. Em vez de nos esforçarmos no sentido do exibicionismo de molde a provocar a admiração ou a inveja das visitas, devemos nos esforçar por tornar felizes todos ao nosso redor, mostrando alegria, simpatia e amor. Que as visitas vejam que estamos procurando conformar-nos à vontade de Cristo. Que elas vejam em nós, seja embora humilde nossa condição, um espírito de contentamento e gratidão. A própria atmosfera de um lar verdadeiramente cristão é de paz e tranqüilidade. Tal exemplo não será sem efeito. -- Mensagens aos Jovens, 342. Um relatório de despesas é mantido no céu LA 450 3 Cristo mantém um relatório de toda despesa em que incorremos para dar hospedagem por amor dEle. Ele supre tudo quanto é necessário para esta obra. Aqueles que, por amor de Cristo, hospedam seus irmãos, fazendo o possível para tornar a visita proveitosa tanto aos hóspedes como a si mesmos, são registrados no Céu como dignos de bênçãos especiais. ... LA 450 4 Em Sua própria vida, Cristo deu uma lição de hospitalidade. Quando rodeado pela multidão faminta à beira-mar, não os mandou para casa sem refrigério. Ele disse aos discípulos: "Dai-lhes vós de comer." Lucas 9:13. E, mediante um ato de poder criador, supriu alimento suficiente para satisfazer-lhes às necessidades. Todavia, quão simples foi a comida proporcionada! Nada de finas iguarias. Aquele que tinha à Sua disposição todos os recursos do Céu, poderia haver estendido diante do povo um rico banquete. Supriu, no entanto, o que bastasse às necessidades deles, o que constituía o alimento diário dos pescadores nas proximidades do mar. LA 451 1 Caso os homens fossem hoje simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da natureza, haveria abundante provisão para todas as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias, e mais ensejos de trabalhar segundo a maneira de Deus. ... LA 451 2 A pobreza não nos deve excluir de manifestar hospitalidade. Cumpre-nos partilhar o que temos. Pessoas há que lutam para ganhar a subsistência, e têm grande dificuldade para conseguir que sua renda chegue para as necessidades; amam, porém, a Jesus na pessoa de Seus santos, e estão prontos a manifestar hospitalidade a crentes e descrentes, procurando tornar proveitosas suas visitas. À mesa da família, assim como ao seu altar, os hóspedes são bem-vindos. Os momentos de oração impressionam os que recebem hospedagem e mesmo uma visita pode significar a salvação de uma alma da morte. O Senhor leva em conta essa obra, dizendo: "To pagarei." Lucas 10:35. -- Testemunhos Selectos 2:571, 572, 574. Estar atento a oportunidades LA 451 3 Despertai, irmãos e irmãs. Não vos esquiveis a boas obras. "Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." Gálatas 6:9. Não espereis que se vos diga qual o vosso dever. Abri os olhos e vede quem está ao vosso redor; familiarizai-vos com os desajudados, afligidos e necessitados. Não vos escondais deles e não fecheis a porta a suas necessidades. Quem dará as provas mencionadas em Tiago, de possuir religião pura e incontaminada de egoísmo e corrupção? Quem está ansioso de fazer tudo que estiver em seu poder para ajudar no grande plano da salvação? -- Testimonies for the Church 2:29. ------------------------Capítulo 73 -- Nossas necessidades sociais Deus e nossas necessidades sociais LA 455 1 Nos arranjos para a educação do povo escolhido manifesta-se o fato de que a vida centralizada em Deus é uma vida de perfeição. Cada necessidade que Ele implantou, providencia para que seja satisfeita; cada faculdade comunicada, procura Ele desenvolver. LA 455 2 Como o Autor de toda a beleza, sendo Ele próprio amante do belo, Deus proveu o necessário para satisfazer em Seus filhos o amor do belo. Também providenciou para as suas necessidades sociais, para a associação amável e edificante, que tanto faz para que se cultive a simpatia e se ilumine e dulcifique a vida. -- Educação, 41. A influência do companheirismo LA 455 3 Todos encontrarão companheiros ou os farão. E exatamente na medida da força da amizade, será o grau de influência exercida pelos amigos uns nos outros, para bem ou para mal. Todos terão amigos, e influenciarão e serão influenciados. -- Testemunhos Selectos 1:585. LA 455 4 A Palavra de Deus acentua grandemente a influência das companhias, mesmo nos homens e nas mulheres. Quanto maior não será seu poder no espírito e no caráter em formação das crianças e jovens! As companhias que têm, os princípios que adotam, os hábitos que formam, decidirão quanto a serem ou não úteis aqui, bem como seu futuro destino. ... LA 455 5 É inevitável que os jovens tenham companheiros, e hão de necessariamente sentir a influência dos mesmos. Há misteriosos laços que ligam as almas entre si; de modo que o coração de um responde ao coração do outro. Um recebe as idéias, os sentimentos, o espírito do outro. Esta associação pode ser uma bênção ou uma maldição. Os jovens podem auxiliar-se e fortalecer-se uns aos outros, melhorando no comportamento, na disposição, no conhecimento; ao contrário, se se permitem a si mesmos tornar-se descuidosos e infiéis, podem exercer uma influência desmoralizadora. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 220. LA 456 1 Com razão se tem dito: "Dize-me com quem andas, e te direi quem és." O jovem deixa de compreender quão afetados são ao mesmo tempo seu caráter e sua reputação, pela escolha que faz de companheiros. A pessoa busca a companhia daqueles cujos gostos, hábitos e modo de proceder, têm afinidades com os seus. Os que preferem a sociedade dos ignorantes e viciosos à dos sábios e bons, mostram ser defeituoso seu próprio caráter. Seus gostos e hábitos podem a princípio ser inteiramente diversos dos hábitos e gostos daqueles cuja companhia procuram; à medida, porém, que se misturam com essa classe, seus pensamentos e sentimentos mudam; sacrificam os princípios retos e, insensivelmente, mas de maneira inevitável, descem ao nível de seus companheiros. Assim como um rio sempre participa da propriedade do solo através do qual corre, do mesmo modo os princípios e hábitos dos jovens se mancham invariavelmente com o caráter dos companheiros com que se associam. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 221. Tendências do coração natural LA 456 2 Fosse a juventude persuadida a associar-se com os puros, os refletidos e amáveis, muito salutar seria o efeito. Caso se escolham companheiros que temam ao Senhor, a influência induzirá à verdade, ao dever, à santidade. Uma vida verdadeiramente cristã é uma força para o bem. Por outro lado, porém, os que se acompanham com homens e mulheres de moral duvidosa, ou de maus costumes e princípios, dentro em breve estarão andando nos mesmos caminhos. As tendências do coração natural são descendentes. Os que convivem com os céticos tornar-se-ão em breve céticos também; os que preferem a companhia dos vis, com certeza tornar-se-ão vis por sua vez. Andar no conselho dos ímpios é o primeiro passo para deter-se no caminho dos pecadores e sentar-se na roda dos escarnecedores. -- Testemunhos Selectos 1:585. LA 457 1 Para a juventude mundana o amor da sociedade e do prazer torna-se uma paixão absorvente. Vestir-se, conversar, tolerar o apetite e as paixões e girar em torno de dissipação social parece ser o grande objetivo da existência. Eles se sentem infelizes se deixados em solidão. Seu principal desejo é serem admirados e adulados e provocar sensação na sociedade; e quando este desejo não é satisfeito, a vida parece insuportável. -- Testimonies for the Church 5:112. LA 457 2 Os que amam a sociedade freqüentemente cultivam este traço, até que ele se torne uma paixão dominante. ... Eles não podem suportar a leitura da Bíblia e contemplar as coisas celestiais. Sentem-se infelizes a menos que haja algo que os estimule. Não têm dentro de si o poder de ser felizes, mas para o serem dependem da companhia de outros jovens tão insensatos e imprudentes quanto eles mesmos. As faculdades que podiam ser dedicadas a nobres fins eles as dedicam a loucuras e dissipação mental. -- Testimonies for the Church 4:624. Bênçãos da sociabilidade cristã LA 457 3 A sociabilidade cristã é na verdade bem pouco cultivada pelo povo de Deus. ... Os que se encerram em si mesmos, que são avessos a se desdobrarem para beneficiar os outros mediante amigável convívio, perdem muitas bênçãos; pois mediante o contato mútuo os espíritos são polidos e refinados; por meio do intercâmbio social formam-se relações e amizades que dão em resultado certa unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. LA 457 4 Os que provaram o amor de Cristo, em especial, devem desenvolver aptidões sociais, pois dessa maneira podem ganhar almas para o Salvador. Cristo não deve ficar oculto no coração deles, encerrado como cobiçado tesouro, sagrado e aprazível, a ser desfrutado apenas por eles próprios; tampouco deve o amor de Cristo ser manifestado unicamente para com aqueles que lhes agradam à fantasia. Cumpre ensinar os estudantes a cultivar o traço cristão de um bondoso interesse, uma disposição sociável para com aqueles que se encontram em mais necessidade, embora não sejam os companheiros de sua preferência. Em todo tempo e lugar, Jesus manifestava amorável interesse pela humanidade, irradiando em torno de Si a luz da piedade. -- Testemunhos Selectos 2:437, 438. ------------------------Capítulo 74 -- Amizades boas e outras duvidosas Influências sobre nós e nossos filhos LA 459 1 Cada associação que formamos, limitada como seja, exerce alguma influência sobre nós. Até que ponto nos renderemos a essas influências será determinado pelo grau de intimidade, de constância do intercâmbio, bem como nosso amor e veneração pela pessoa com quem nos associamos. -- Testimonies for the Church 5:222, 223. LA 459 2 Se nos pusermos entre amigos cuja influência tenda a fazer-nos esquecer dos altos reclamos do Senhor, convidamos a tentação e também nos tornamos fracos em poder moral para resisti-la. Acabamos por participar do espírito de nossos amigos, a acariciar os seus ideais, e a pôr as coisas sagradas e eternas abaixo dos ideais de nossos amigos. Somos, em resumo, influenciados justamente naquilo que o inimigo de toda justiça deseja que fôssemos. LA 459 3 Os jovens, se deixados sob esta influência, são mais facilmente afetados por ela do que os de mais idade. Tudo deixa sua impressão em seu espírito -- as fisionomias que contemplam, as vozes que ouvem, os lugares que visitam, as companhias que desfrutam, os livros que lêem. É impossível subestimar a importância que tem para esta vida e a futura as associações que escolhemos para nós mesmos e mais especialmente para nossos filhos. -- Testimonies for the Church 5:543. Perigos de relacionamentos com ímpios LA 459 4 O mundo não deve ser nossa norma. Não nos devemos associar com os ímpios e participar de seu espírito, pois eles nos desviarão o coração de Deus para adoração a falsos deuses. A alma firme, firme na fé, pode fazer grande soma de bem; pode repartir bênçãos da mais alta ordem àqueles com quem se associa, pois a lei do Senhor está no seu coração. Mas não podemos nos associar livremente com aqueles que estão espezinhando a lei de Deus e preservar ao mesmo tempo nossa fé pura e imaculada. A menos que nos separemos deles, seremos envolvidos e com eles estaremos afinal unidos, para partilhar de sua condenação. -- Manuscrito 6, 1892. LA 460 1 Foi associando-se com os idólatras e unindo-se às suas festas que os hebreus foram levados a transgredir a lei de Deus, e trazer Seus juízos sobre a nação. Assim, agora, é levando os seguidores de Cristo a associar-se com os ímpios e unir-se às suas diversões que Satanás é mais bem-sucedido ao induzi-los ao pecado. "Saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo." 2 Coríntios 6:17. Deus requer hoje de Seu povo uma distinção tão grande do mundo, nos costumes, hábitos e princípios, como exigia de Israel antigamente. -- Patriarcas e Profetas, 458. A escolha de Sansão LA 460 2 O cuidado providencial de Deus estivera com Sansão, a fim de que ele pudesse estar preparado para realizar a obra que fora chamado a fazer. Mesmo no início da vida esteve cercado de condições favoráveis para a força física, vigor intelectual e pureza moral. Mas, sob a influência de companheiros ímpios, deixou aquele apego a Deus que é a única salvaguarda do homem, e foi arrastado pela onda do mal. Aqueles que no caminho do dever são levados à prova podem estar certos de que Deus os guardará; mas, se os homens voluntariamente se colocam sob o poder da tentação, cairão mais cedo ou mais tarde. -- Patriarcas e Profetas, 568. O fermento da impiedade LA 460 3 Caros estudantes, dia e noite as orações de vossos pais vos seguirão. Atentai para seus rogos e advertências, e não escolhais amigos imprudentes. Não podeis discernir como o fermento da impiedade de maneira traiçoeira corromperá vossa mente e enfraquecerá vossos hábitos e, levando-vos a repetir hábitos danosos, fará que desenvolvais um caráter corrupto. Podeis não ver real perigo e pensar que sereis capazes de fazer o que é reto tão facilmente como antes vos haveis rendido à tentação de fazer o mal, mas isto é um erro. Pais e mestres que amam e temem a Deus podem advertir, rogar e aconselhar, mas será tudo em vão se não vos rendeis a Deus e não aproveitais os talentos que Ele vos tem dado para Sua glória. -- The Youth's Instructor, 18 de Janeiro de 1894. Fugir dos indiferentes à religião LA 461 1 Se as crianças convivem com aqueles cuja conversação é sobre coisas terrestres sem importância, seu espírito alcançará o mesmo nível. Se ouvem como são os princípios da religião depreciados e nossa fé humilhada; se maliciosas objeções à verdade lhes chegam aos ouvidos, isto se lhes firmará na mente e lhes modelará o caráter. -- Testimonies for the Church 5:545. LA 461 2 Nada consegue com mais eficiência impedir ou banir impressões sérias e bons desejos do que associação com pessoas de mente vã, descuidada e corrupta. Sejam quais forem os atrativos que tais pessoas possam ter por sua sagacidade, sarcasmo ou humor, o fato de que consideram a religião com leviandade e indiferença é razão suficiente para que não se associe com elas. Por mais atraentes que sejam em outros aspectos, mais deve sua influência ser temida como amizade, porque eles cercam a vida irreligiosa com muitas atrações perigosas. -- Testimonies for the Church 3:126. LA 461 3 Associações mundanas atraem e deslumbram os sentidos, de maneira que a piedade, o temor de Deus, a fidelidade e a lealdade não têm poder de conservar firmes os homens. A vida de Cristo, humilde e despretensiosa, parece toda ela destituída de atrativos. Para muitos que presumem ser filhos e filhas de Deus, Jesus, a Majestade do Céu, é como "raiz de uma terra seca", não tem "parecer nem formosura". Isaías 53:2. -- Manuscrito 6, 1892. Não centralizar as afeições em parentes incrédulos LA 462 1 Não podemos servir a Deus e ao mundo ao mesmo tempo. Não devemos centralizar nossas afeições em parentes mundanos, que não desejam conhecer a verdade. Devemos procurar, por todas as formas, enquanto associados com eles, que nossa luz brilhe; mas nossas palavras, nosso comportamento, nossos hábitos e práticas, não devem de maneira nenhuma ser moldados por suas idéias e costumes. Em todo nosso trato com eles devemos mostrar-lhes a verdade. Se assim não podemos fazer, então quanto menos nos associarmos com eles tanto melhor para nossa espiritualidade. -- Testimonies for the Church 5:543. Afastar-se dos que possuem moral frouxa LA 462 2 É um erro associarem-se os cristãos com aqueles cuja moral é frouxa. Um intercâmbio íntimo e diário que ocupe o tempo sem contribuir de alguma forma para o fortalecimento do intelecto ou da moral é um perigo. Se a atmosfera moral que circunda as pessoas não é pura e santificada, mas maculada com a corrupção, os que respiram essa atmosfera verificarão que ela atua quase imperceptivelmente no intelecto e no coração para envenenar e arruinar. É perigoso manter familiaridade com aqueles cuja mente é por natureza de baixo nível. Gradual e imperceptivelmente os que por natureza são conscienciosos e amam a pureza chegarão ao mesmo nível, participarão da imbecilidade e esterilidade moral com que são constantemente postos em contato e passarão a apreciá-las. -- Testimonies for the Church 3:125. LA 462 3 O bom nome é mais precioso do que o ouro. Há da parte dos jovens a tendência de se associarem com outros de espírito e moral inferiores. Que satisfação real pode uma pessoa jovem esperar da voluntária ligação com outras de baixa norma nas idéias, nos sentimentos e na conduta? Alguns têm gostos corrompidos e hábitos depravados, e todos quantos buscam tais companheiros seguir-lhes-ão o exemplo. Vivemos em tempos de perigos de molde a fazer temer o coração de todos. -- Testemunhos Selectos 1:586. Os que se rendem à tentação por temor do ridículo LA 463 1 As crianças... devem ter companheiros que não ridicularizem o que é puro e digno, antes advoguem o que é reto. O temor do ridículo leva muitos jovens a se render à tentação e a andar no caminho da impiedade. As mães podem fazer muito por preceito e pelo exemplo para mostrar a seus filhos como devem eles manter-se dignos em meio do escárnio e do ridículo. -- The Review and Herald, 31 de Março de 1891. LA 463 2 Por que nossos jovens não consideram que aqueles que estão prontos a levar outros aos caminhos proibidos são facilmente vencidos pelas tentações e são instrumentos de Satanás para encorajar hábitos desordenados, para zombar dos que são conscienciosos e gostariam de preservar sua integridade de caráter? -- The Youth's Instructor, 18 de Janeiro de 1894. Viver diante de estranhos como se diante de Deus LA 463 3 Jovens amigos, não gasteis sequer uma hora na companhia daqueles que poderiam incapacitar-vos para a obra pura e sagrada de Deus. Não façais diante de estranhos o que não faríeis diante de vossos pais, ou de que vos envergonharíeis diante de Cristo e dos santos anjos. LA 463 4 Alguns podem entender que essas precauções não são necessárias aos guardadores do sábado, mas aqueles a quem elas se aplicam sabem o que eu quero dizer. Digo-vos, jovens, que vos deveis acautelar; pois nada podeis fazer que não esteja aberto aos olhos dos anjos e de Deus. Não podeis praticar uma ação má sem que outros sejam por ela afetados. Ao mesmo tempo em que vossa conduta revela a espécie de material usado na edificação de vosso caráter, tem sobre outros poderosa influência. Nunca percais de vista o fato de que pertenceis a Deus, que Ele pagou o vosso preço e deveis dar-Lhe conta de todos os talentos que vos foram confiados. -- Testimonies for the Church 5:398, 399. Prometido o necessário auxílio LA 464 1 Não devemos colocar nossos filhos onde eles tenham que se associar com corruptos e degenerados. Algumas vezes Deus em Sua providência pode levar nossos jovens a se associarem com os que são impuros e intemperantes. Ele lhes dará força de propósito e poder para resistir à tentação, tal como o fez com Daniel e seus companheiros em Babilônia, se cooperarem com Ele. Precisam manter constante comunhão com Deus. Devem conservar-se puros, recusando fazer qualquer coisa que desonre a Deus, tendo em vista sempre a Sua glória. Devem cuidar das almas, trabalhando com fervor por aqueles em quem a imagem de Deus tem sido desfigurada, procurando reformá-los, elevá-los, enobrecê-los. -- Manuscrito 18, 1892. Escolher companheiros sérios LA 464 2 Os jovens que estão em harmonia com Cristo, escolherão companheiros que os auxiliem a proceder bem, esquivando-se à sociedade que não contribui para o desenvolvimento dos retos princípios e desígnios nobres. Em todos os lugares se encontram jovens cujo espírito se acha moldado num tipo inferior. Quando postos em contato com esta classe, os que se colocaram incondicionalmente ao lado de Cristo permanecerão firmes em favor daquilo que a razão e a consciência lhes indica ser o direito. -- Mensagens aos Jovens, 422. LA 464 3 Ora, todos os que quiserem formar um caráter reto, escolham companheiros de uma séria e refletida disposição de espírito, e que tenham inclinação religiosa. Os que fizeram as contas, e desejam construir para a eternidade, devem pôr bom material nessa construção. Se aceitam vigas apodrecidas, se se contentam com as deficiências do caráter, o edifício está condenado à ruína. Cuidem todos na maneira por que edificam. A tempestade da tentação se abaterá sobre a casa, e a menos que ela esteja firme e fielmente construída, não resistirá à prova. -- Testemunhos Selectos 1:585, 586. LA 465 1 Mediante a companhia dos que andam de acordo com os princípios, mesmo os descuidados aprenderão a amar a justiça. E pela prática do correto procedimento criar-se-á no coração um desgosto pelo que é vil e banal e discorde dos princípios da Palavra de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 222. ------------------------Capítulo 75 -- Guia dos pais em assuntos sociais Influências quase esmagadoras LA 466 1 A má influência em torno de nossos filhos é quase avassaladora; ela lhes está corrompendo a mente e arrastando-os à perdição. O espírito da juventude é naturalmente inclinado à leviandade; e nos verdes anos, antes de o caráter estar formado e o discernimento amadurecido, manifestam freqüentemente preferência por companheiros que exercerão nociva influência sobre eles. -- Testemunhos Selectos 1:151. LA 466 2 Pudesse minha voz alcançar todos os pais do mundo e eu os admoestaria a não cederem aos desejos de seus filhos na escolha de companhias e associações. Pouco consideram os pais o fato de que essas perniciosas impressões são por eles muito mais prontamente recebidas do que as impressões divinas; portanto suas associações devem ser as mais favoráveis para o crescimento da graça e para que a verdade revelada na Palavra de Deus seja estabelecida no coração. -- Testimonies for the Church 5:544, 545. LA 466 3 Sejam os jovens postos em meio das circunstâncias mais favoráveis possíveis, pois os companheiros que escolherem, os princípios que adotarem, os hábitos que formarem, decidirão a questão de sua prestatividade aqui e de seus interesses futuros e eternos, com uma exatidão infalível. -- Testimonies for the Church 5:545. O perigo da liberdade ilimitada LA 466 4 Pais, vossos filhos não são protegidos convenientemente. Nunca devem obter permissão para sair e entrar quando desejam, sem o saberdes ou consentirdes. A irrestrita liberdade que se confere às crianças desta época demonstrou ser a ruína de milhares. A quantos se permite ficar nas ruas à noite, e os pais se contentam em ignorar os companheiros de seus filhos! Não raro são escolhidos companheiros cuja influência tende unicamente para a desmoralização. LA 467 1 Sob a proteção da noite rapazes se reúnem em grupos para aprender suas primeiras lições em jogos de cartas, de azar, e para fumar e bebericar vinho ou cerveja. Filhos de pais religiosos se arriscam a entrar em bares para petiscar ou para qualquer outra extravagância semelhante, e assim colocam-se no caminho da tentação. A própria atmosfera desses ambientes está impregnada de blasfêmia e poluição. Ninguém pode permanecer por muito tempo aí sem se corromper. É em virtude de tais associações que jovens promissores estão se tornando embriagados e criminosos. É preciso guardar-se contra as próprias fontes do mal. Pais, a menos que saibais que o ambiente é próprio, não permitais que vossos filhos saiam à rua depois de cair a noite a fim de se empenharem em competições esportivas ao ar livre ou para se encontrarem com outros rapazes com o propósito de se divertirem. Se esta regra for rigidamente imposta, a obediência se tornará habitual, cessando o desejo de extravagâncias. -- Fundamentos da Educação Cristã, 63. Os pais devem escolher as companhias dos filhos LA 467 2 Devem os pais lembrar-se de que a associação com os que têm moral frouxa e caráter vulgar, exercerá influência perniciosa sobre os jovens. Se deixam de escolher para seus filhos companhia conveniente, se permitem que se associem com jovens de moral duvidosa, colocam-nos ou permitem que eles se coloquem em uma escola em que são ensinadas e praticadas lições de depravação. Podem achar que seus filhos sejam bastante fortes para resistirem à tentação; mas como poderão estar certos disto? É muito mais fácil ceder a más influências, do que a elas resistir. Antes que se apercebam disso, podem seus filhos tornar-se imbuídos do espírito de seus companheiros, e degradar-se ou arruinar-se. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 120. LA 468 1 São grandemente aumentados os perigos da juventude, ao serem os jovens lançados na sociedade de grande número dos de sua idade, diferentes em caráter e hábitos de vida. Sob tais circunstâncias, muitos pais se inclinam mais a afrouxar do que a redobrar seus esforços para guardar e reger os filhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 332. LA 468 2 Em espírito de oração, unidos, pais e mães devem assumir a solene responsabilidade de guiar retamente os filhos. Tenham embora de negligenciar seja o que for, não devem jamais deixar seus filhos a errar livremente nos caminhos do pecado. Muitos pais permitem que os filhos saiam e façam o que desejam, divertindo-se e escolhendo más companhias. No juízo esses pais saberão que seus filhos perderam o Céu porque não foram conservados dentro das restrições do lar. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1904. Onde passam a noite? LA 468 3 Todo filho e filha deve ser chamado a contas quando se acha ausente de casa à noite. Os pais devem saber em que companhia andam os filhos, e em que casa passam eles os serões. Alguns filhos enganam os pais com mentiras, a fim de ocultar sua errada direção. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 332, 333. A erva má predomina em campos não cultivados LA 468 4 Pais e mães muitas vezes deixam os filhos escolher seus próprios entretenimentos, seus companheiros e sua ocupação. O resultado é aquele que razoavelmente se poderia esperar. Deixai inculto um campo, e crescerão espinhos e cardos. Nunca vereis ali uma delicada flor ou um arbusto primoroso apontando acima das ervas más e de mau aspecto. A sarça inútil cresce viçosa sem trabalho ou cuidado, ao passo que as plantas valiosas ou próprias para uso ou enfeite, exigem completo cuidado. Assim é com nossos jovens. Se se deseja formar hábitos corretos e estabelecer retos princípios, há uma fervente obra a ser feita. Se se deseja corrigir hábitos errôneos, requer-se na realização da tarefa diligência e perseverança. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. Habituar os filhos a confiar no discernimento dos pais LA 469 1 Pais, resguardai os princípios e hábitos de vossos filhos como a menina de vossos olhos. Não permitais que se associem com qualquer pessoa cujo caráter não conheçais bem. Não consintais que tomem intimidade antes que estejais certos de que isso não lhes fará mal. Acostumai vossos filhos a confiarem em vosso discernimento e experiência. Ensinai-lhes que vós tendes percepção mais clara do caráter, do que eles em sua inexperiência podem ter, e que vossas decisões não devem ser desatendidas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 120. Contenção firme mas bondosa LA 469 2 Não devem os pais ceder às inclinações de seus filhos, mas seguir o caminho claro do dever que Deus traçou, restringindo-os com bondade, negando com firmeza e determinação, mas também com amor, no que respeita a seus errôneos desejos, guiando com oração fervente e perseverante esforço os seus passos do mundo para o Céu. Os filhos não devem ser deixados a vagar pelos caminhos a que estão acostumados, a penetrar nas avenidas que se abrem por todos os lados, afastando-se do caminho reto. Ninguém está em tão grande perigo como os que não reconhecem qualquer perigo e não têm a paciência da cautela e do conselho. -- Testimonies for the Church 5:545, 546. LA 469 3 Guardai vossos filhos de toda influência objetável possível; pois na meninice eles são mais prontos para receber impressões, seja de dignidade moral, de pureza e docilidade de caráter, seja de egoísmo, impureza e desobediência. Uma vez influenciados pelo espírito de murmuração, orgulho, vaidade e impurezas, e a nódoa poderá ficar indelével pelo resto da vida. -- The Signs of the Times, 16 de Abril de 1896. LA 470 1 É em virtude da falha educação do lar que os jovens são tão pouco dispostos a se submeterem à devida autoridade. Eu sou mãe. Sei por isto o que digo quando afirmo que os jovens e as crianças não estão apenas mais seguros porém mais felizes sob salutar restrição do que quando seguem suas próprias inclinações. -- Fundamentos da Educação Cristã, 62, 63. Visitas desacompanhadas não é aconselhável LA 470 2 Alguns pais se enganam em dar a seus filhos demasiada liberdade. Têm por vezes tanta confiança neles, que não lhes vêem as faltas. É errado permitir às crianças, com certa despesa, fazerem visitas a distância, sem estarem acompanhadas dos pais ou de um guardião. Isto tem um mau efeito sobre elas. Chegam a pensar que são de muita importância, e que lhes pertencem certos privilégios, e caso estes lhes não sejam concedidos, acham que estão sendo tratadas injustamente. Referem-se a crianças que vão para lá e para cá, e têm, muitas regalias, ao passo que elas as têm tão poucas. LA 470 3 E a mãe, receando que os filhos a julguem injusta, satisfaz-lhes os desejos, o que se demonstra afinal grandemente nocivo para eles. Visitantes jovens, não tendo sobre si os olhos vigilantes dos pais para verem e corrigirem suas faltas, recebem muitas vezes impressões que levará meses para apagar. -- Testemunhos Selectos 1:152. Como enfrentar conselhos imprudentes LA 470 4 Mantende vossos filhos no lar; e se alguém disser: "Assim seus filhos não aprenderão como conduzir-se no mundo", dizei a vossos amigos que não estais preocupados com o assunto, mas que desejais levá-los ao Mestre em busca de Suas bênçãos, tal como as mães do passado fizeram. Dizei a vossos conselheiros: "Os filhos são a herança do Senhor, e quero mostrar-me fiel à tarefa que me foi confiada. ... Meus filhos devem ser criados de maneira que não sejam abalados pelas influências do mundo, mas possam, quando tentados a pecar, dizer um forte e sincero não." Dizei a vossos amigos e vizinhos que esperais ver vossos filhos dentro dos muros da bela cidade. -- The Signs of the Times, 23 de Abril de 1894. Fortes provas estão diante dos jovens LA 471 1 Os filhos devem ser instruídos e educados de maneira que possam calculadamente enfrentar dificuldades a aguardar tentações e perigos. Devem ser ensinados a manter controle sobre si mesmos e a vencer galhardamente as dificuldades; e se não se precipitarem voluntariamente para o perigo, nem se colocarem desnecessariamente no caminho da tentação; se evitarem más influências e o convívio dos viciosos, e forem então compelidos inevitavelmente a estar em companhias perigosas, terão resistência de caráter para ficar firmes ao lado do direito e conservar os princípios, e sairão, no poder de Deus, com sua moral imaculada. A força moral da juventude que foi devidamente educada, pondo eles em Deus sua confiança, estará à altura de resistir à mais forte prova. -- Temperança, 185. ------------------------Capítulo 76 -- Feriados e aniversários Orientação na observância de feriados LA 472 1 Vi que nossos feriados não devem ser despendidos da maneira como o faz o mundo, embora não devam ser ignorados, pois isto causará insatisfação a nossos filhos. Nessas ocasiões em que há o perigo de nossos filhos serem expostos a más influências e se corromperem pelos prazeres e atrações do mundo, estudem os pais alguma coisa que possa tomar o lugar de divertimentos mais perigosos. Dai a entender a vossos filhos que tendes em vista o seu bem e felicidade. -- Testimonies for the Church 1:514, 515. LA 472 2 Pela observância dos feriados tem o povo, tanto do mundo como das igrejas, sido educado na crença de que esses dias de indolência são essenciais para a saúde e a felicidade, mas os resultados revelam que estão repletos de males. -- Fundamentos da Educação Cristã, 317. LA 472 3 Temos procurado ardentemente tornar os feriados tão interessantes quanto possível a nossas crianças e jovens conquanto mudando esta ordem de coisas. Nosso objetivo tem sido conservá-los afastados das cenas de entretenimento entre os incrédulos. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. "Um dia perdido" LA 472 4 Findo um dia de busca de prazer, onde está a satisfação da pessoa? Como obreiros cristãos, a quem ajudaram no sentido de uma vida melhor, mais alta e mais pura? Que veriam se pudessem olhar o registro escrito pelo anjo? Um dia perdido! Para sua própria alma um dia perdido, um dia perdido no serviço de Cristo, porque nenhum bem foi realizado. Eles podem ter outros dias, mas jamais esse dia passado em conversa tola e vulgar, entre rapazes e moças e vice-versa. LA 473 1 Nunca mais essas mesmas oportunidades se oferecerão de novo. Melhor teriam eles feito se se tivessem dedicado ao mais duro trabalho nesse feriado. Não fizeram de seu feriado uso correto, e ele passou para a eternidade para confrontar-se com eles no juízo como um dia mal gasto. -- Carta 12, 1892. Aniversários -- Ocasião para louvar a Deus LA 473 2 Na organização judaica era feita uma oferta a Deus por ocasião do nascimento de filhos, oferta pelo próprio Deus determinada. Agora vemos os pais fazendo esforços especiais para dar presentes aos filhos em seu aniversário; fazem disto uma ocasião para honrar a criança, como se a honra fosse devida ao ser humano. Satanás tem encontrado sua oportunidade nestas coisas; ele tem desviado as preocupações e os presentes para os seres humanos; assim os pensamentos das crianças se demoram nelas mesmas, como se se devessem tornar o objeto de especial favor. ... LA 473 3 Por ocasião de aniversários devem os filhos ser ensinados que têm motivo para agradecer a Deus por Sua amorável bondade em lhes haver preservado a vida por mais um ano. Preciosas lições podem assim ser dadas. Pela vida, saúde, alimento e vestuário, não menos que pela vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as bênçãos; e deve-se reconhecer a Deus os Seus dons e apresentar nossas ofertas de gratidão ao nosso maior benfeitor. Essas ofertas natalícias são reconhecidas pelo Céu. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1890. Ocasião para rever o registro do ano LA 473 4 Ensinai-lhes a recapitular o passado ano de vida, de modo a considerar se se alegrarão em enfrentar esse registro tal como se encontra nos livros do Céu. Encorajai neles pensamentos sérios, se sua conduta, palavras e obras são de molde a agradar a Deus. Têm eles procurado tornar a vida mais semelhante à de Jesus, bela e amável à vista de Deus? Ensinai-lhes o conhecimento do Senhor, Seus caminhos e preceitos. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1884. A causa de Deus em primeiro lugar LA 474 1 Tenho dito a minha família e meus amigos: É meu desejo que ninguém me dê presentes de aniversário ou de Natal, a não ser com a permissão de transferi-los ao tesouro do Senhor, para serem usados no estabelecimento de Missões. -- The Review and Herald, 27 de Dezembro de 1906. Como observar o dia de ação de graças LA 474 2 Nosso Dia de Ação de Graças está-se aproximando. Será ele, como tem sido em muitos casos, um agradecimento a nós mesmos? Ou será um agradecimento a Deus? Nosso Dia de Ação de Graças pode ser feito uma ocasião muito proveitosa a nossa própria alma bem como a outros, se aproveitarmos esta oportunidade para lembrar os pobres entre nós. ... LA 474 3 Há centenas de meios que podem ser imaginados para ajudar os pobres de maneira tão delicada que sejam levados a sentir que nos estão fazendo um favor ao receberem de nós nossos presentes e nossa simpatia. Devemos lembrar que mais abençoada coisa é dar do que receber. As atenções de nossos irmãos são mais amplas para com aqueles a quem desejam honrar e cujo respeito querem conquistar, mas que de maneira alguma necessitam de auxílio. O costume e a moda dizem: Dá aos que te derem; mas esta não é a regra bíblica de dar. A Palavra de Deus fala contra esta maneira de satisfazer ao ego quando damos nossos presentes, e diz: "O que dá ao rico, certamente, empobrecerá." Provérbios 22:16. LA 474 4 É chegada agora uma ocasião em que teremos nossos princípios testados. Comecemos a pensar o que poderemos fazer pelos necessitados de Deus. Podemos fazê-los por nosso intermédio recipientes das bênçãos de Deus. Pensai qual a viúva, o órfão, a família pobre que podeis socorrer, não de maneira a fazer uma grande ostentação do assunto, mas como um canal pelo qual os bens do Senhor fluirão como bênçãos para os Seus pobres... LA 475 1 Mas isto não é o cumprimento de todo o nosso dever. Fazei uma oferta a vosso melhor Amigo; reconhecei Suas dádivas; mostrai vossa gratidão por Seus favores; levai a Deus uma oferta de gratidão. ... Irmãos e irmãs, comei uma refeição simples no Dia de Ação de Graças, e com o dinheiro que teríeis gasto a mais na satisfação do apetite, fazei uma oferta de gratidão. -- The Review and Herald, 18 de Novembro de 1884. LA 475 2 Que nenhum Dia mais de Ação de Graças seja observado em satisfação e condescendência para com o apetite e glorificação do eu. Temos razões para entrar no templo do Senhor com ofertas de gratidão por haver Ele preservado nossa vida por mais um ano. ... Se se faz uma festa, seja-o em benefício dos necessitados. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1884. Um dia para dar graças LA 475 3 Creio que temos algo por que agradecer a Deus. Devemos sentir-nos alegres e jubilosos em Deus, pois Ele nos tem concedido muitas bênçãos. ... Necessitamos que este Dia de Ação de Graças seja tudo que ele implica. Não permitamos seja ele pervertido, misturado com escória; seja o que o nome indica: ação de graças. Que nossas vozes ascendam em louvor. -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1884. Feriados para Deus LA 475 4 Não seria correto de nossa parte observar feriados para Deus, quando poderíamos reviver em nosso espírito a lembrança de Seu trato conosco? Não estaria correto considerar Suas bênçãos passadas, lembrar as impressivas advertências que nos têm chegado à alma, para que não esqueçamos a Deus? LA 475 5 O mundo tem muitos feriados, e os homens ficam absorvidos com esportes, corridas de cavalos, jogos de azar, fumo e bebida. ... LA 476 1 Não deveria o povo de Deus ter mais freqüentemente santas convocações em que agradecer a Deus Suas preciosas bênçãos? -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 343. Oportunidades para trabalho missionário LA 476 2 Necessitamos na igreja de homens que tenham habilidade para desenvolver o setor de organizar e prover trabalho prático a rapazes e moças no sentido de aliviar as necessidades da humanidade e trabalhar pela salvação da alma de homens, mulheres, jovens e crianças. Não será possível a todos dar tempo integral à obra em virtude do trabalho que precisam fazer para ganhar o seu sustento diário. Todavia esses dispõem de seus feriados e ocasiões que podem devotar a trabalho cristão e a fazer o bem desta maneira se não podem dar muito de seus meios. -- Carta 12, 1892. LA 476 3 Quando tiverdes um feriado, tornai-o um dia agradável e feliz para as crianças, fazendo-o agradável também para os pobres e atribulados. Não permitais que o dia passe sem que leveis palavras e ofertas de gratidão a Jesus. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894. ------------------------Capítulo 77 -- O Natal O Natal como dia de festa LA 477 1 "Aproxima-se o Natal", eis a nota que soa através do mundo, de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este um período de alegria geral, de grande regozijo. Mas o que é o Natal, que assim exige tão grande atenção? ... LA 477 2 O dia 25 de Dezembro é supostamente o dia do nascimento de Jesus Cristo, e sua observância tem-se tornado costumeira e popular. Entretanto não há certeza de que se esteja guardando o verdadeiro dia do nascimento de nosso Salvador. A História não nos dá certeza absoluta disto. A Bíblia não nos informa a data precisa. Se o Senhor tivesse considerado este conhecimento essencial para a nossa salvação, Ele Se teria pronunciado através de Seus profetas e apóstolos, para que pudéssemos saber tudo a respeito do assunto. Mas o silêncio das Escrituras sobre este ponto dá-nos a evidência de que ele nos foi ocultado por razões as mais sábias. LA 477 3 Em Sua sabedoria o Senhor ocultou o lugar onde sepultou Moisés. Deus o sepultou e Deus o ressuscitou e o levou para o Céu. Este procedimento visava prevenir a idolatria. Aquele contra quem se haviam rebelado quando estava em serviço ativo, a quem haviam provocado quase além dos limites da resistência humana, era quase adorado como Deus depois de separado deles pela morte. Pela mesma razão é que Ele ocultou o dia preciso do nascimento de Cristo, para que o dia não recebesse a honra que devia ser dada a Cristo como Redentor do mundo -- Aquele que deve ser recebido, em quem se deve crer e confiar como Aquele que pode salvar perfeitamente todos os que a Ele vêm. A adoração da alma deve ser prestada a Jesus como o Filho do infinito Deus. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. O dia não deve ser passado por alto LA 478 1 Sendo que o dia 25 de Dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito. LA 478 2 A juventude deve ser tratada com muito cuidado. Não devem ser deixados no Natal a buscar seus próprios divertimentos em prazeres vãos, em diversões que lhes rebaixarão a espiritualidade. Os pais podem controlar esta questão voltando a mente e as ofertas dos filhos para Deus e Sua causa e a salvação de almas. LA 478 3 O desejo de divertimentos, em vez de ser contido e arbitrariamente sufocado, deve ser controlado e dirigido mediante paciente esforço da parte dos pais. Seu desejo de dar presentes deve ser levado através de puros e santos canais e feitos resultar em bênção ao nosso próximo graças à manutenção do tesouro na grande e ampla obra para a qual Cristo veio ao mundo. Abnegação e espírito de sacrifício assinalaram Sua conduta. Seja isto também o que assinale os que professam amar a Jesus, porque nEle está centralizada nossa esperança de vida eterna. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Troca de presentes como sinais de afeição LA 478 4 As festas estão chegando rapidamente com sua troca de presentes, e jovens e idosos estão estudando intensamente o que poderão dar a seus amigos como sinal de afetuosa lembrança. É agradável receber um presente, mesmo simples, daqueles a quem amamos. É uma afirmação de que não estamos esquecidos, e parece ligar-nos a eles mais intimamente. ... LA 479 1 Está certo concedermos a outros demonstrações de amor e afeto, se em assim fazendo não esquecemos a Deus, nosso melhor amigo. Devemos dar nossos presentes de tal maneira que se provem um real benefício ao que recebe. Eu recomendaria determinados livros que fossem um auxílio na compreensão da Palavra de Deus ou que aumentem nosso amor por seus preceitos. Provede algo para ser lido durante esses longos serões de inverno. -- The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1882. Recomenda-se dar aos filhos livros como presentes LA 479 2 Há muitos que não têm livros e publicações sobre a verdade presente. Aqui está um grande campo onde o dinheiro pode ser investido com segurança. Há grande número de crianças que pode ser suprido com leitura. The Sunshine Series, Golden Grains Series, Poems, Sabbath Readings, etc., são todos livros preciosos e podem ser introduzidos seguramente em cada família. As pequenas quantias gastas em guloseimas e brinquedos inúteis podem ser acumuladas e com isto comprar esses volumes. ... LA 479 3 Os que desejarem fazer caros presentes a seus filhos, netos, sobrinhos, procurem para eles os livros acima mencionados. Para os jovens a Vida de José Bates é um tesouro; também os três volumes de O Espírito de Profecia. Esses volumes podem ser levados a cada família na Terra. Deus está dando a luz do Céu, e nenhuma família deve ficar sem ela. Sejam os presentes que façais, da espécie que espalhe raios de luz sobre o caminho que conduz ao Céu. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1879. Jesus não deve ser esquecido LA 480 1 Irmãos e irmãs, enquanto estais planejando dar presentes uns aos outros, desejo lembrar-vos nosso Amigo celestial, para que não passeis por alto Suas reivindicações. Ele Se agradará se mostrarmos que não O esquecemos. Jesus, o Príncipe da vida, deu tudo a fim de pôr a salvação ao nosso alcance. ... Ele sofreu mesmo até à morte, para que nos pudesse dar a vida eterna. LA 480 2 É por meio de Cristo que recebemos todas as bênçãos. ... Não deve nosso Benfeitor celestial participar das provas de nossa gratidão e amor? Vinde, irmãos e irmãs, vinde com vossos filhos, mesmo os bebês em vossos braços, e trazei ofertas a Deus, segundo vossas possibilidades. Cantai ao Senhor em vosso coração, e esteja em vossos lábios o Seu louvor. -- The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1882. Natal -- Ocasião para honrar a Deus LA 480 3 Pelo mundo os feriados são passados em frivolidades e extravagância, glutonaria e ostentação. ... Milhares de dólares serão gastos de modo pior do que se fossem lançados fora, no próximo Natal e Ano Novo, em condescendências desnecessárias. Mas temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para honrar e glorificar a Deus. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1879. LA 480 4 Cristo deve ser o objetivo supremo; mas da maneira em que o Natal tem sido observado, a glória é desviada dEle para o homem mortal, cujo caráter pecaminoso e defeituoso tornou necessário que Ele viesse ao nosso mundo. LA 481 1 Jesus, a Majestade do Céu, o nobre Rei do Céu, pôs de lado Sua realeza, deixou Seu trono de glória, Sua alta posição, e veio ao nosso mundo para trazer ao homem caído, debilitado nas faculdades morais e corrompido pelo pecado, auxílio divino. ... LA 481 2 Os pais deviam trazer essas coisas ao conhecimento de seus filhos e instruí-los mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, em suas obrigações para com Deus -- não suas obrigações de uns para com os outros, de honrarem-se e glorificarem-se uns aos outros por presentes e dádivas. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Volver os pensamentos dos filhos para um novo canal LA 481 3 Há muita coisa que pode ser planejada com gosto e muito menos dispêndio do que os desnecessários presentes que são tão freqüentemente oferecidos a nossos filhos e parentes, podendo assim ser mostrada cortesia e a felicidade ser levada ao lar. LA 481 4 Podeis ensinar uma lição a vossos filhos enquanto lhes explicais a razão por que tendes feito uma mudança no valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que tendes até então considerado o prazer deles mais que a glória de Deus. Dizei-lhes que tendes pensado mais em vosso próprio prazer e satisfação deles e de manter-vos em harmonia com os costumes e tradições do mundo, em dar presentes aos que deles não necessitam, do que em ajudar ao progresso da causa de Deus. Como os magos do passado, podeis oferecer a Deus vossos melhores dons e mostrar por vossas ofertas a Ele que apreciais Seu dom por um mundo pecaminoso. Levai os pensamentos de vossos filhos através de um canal novo, altruísta, incitando-os a apresentar ofertas a Deus pelo dom do Seu Unigênito Filho. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1894. "Devemos armar uma árvore de Natal?" LA 482 1 Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore. LA 482 2 A árvore pode ser tão alta e seus ramos tão vastos quanto o requeiram a ocasião; mas os seus galhos estejam carregados com o fruto de ouro e prata de vossa beneficência, e apresentai isto a Deus como vosso presente de Natal. Sejam vossas doações santificadas pela oração. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1879. LA 482 3 As festividades de Natal e Ano Novo podem e devem ser celebradas em favor dos necessitados. Deus é glorificado quando ajudamos os necessitados que têm família grande para sustentar. -- Manuscrito 13, 1896. Árvore de Natal com ofertas missionárias não é pecado LA 482 4 Não devem os pais adotar a posição de que uma árvore de Natal posta na igreja para alegrar os alunos da Escola Sabatina seja pecado, pois pode ela ser uma grande bênção. Ponde-lhes diante do espírito objetos benevolentes. Em nenhum caso o mero divertimento deve ser o objetivo dessas reuniões. Conquanto possa haver alguns que transformarão essas reuniões em ocasiões de descuidada leviandade, e cujo espírito não recebeu as impressões divinas, outros espíritos e caracteres há para quem essas reuniões serão altamente benéficas. Estou plenamente convicta de que inocentes substitutos podem ser providos para muitas reuniões que desmoralizam. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Providenciar recreação inocente para o dia LA 483 1 Não vos levantaríeis, meus irmãos e irmãs cristãos, cingindo-vos a vós mesmos para o dever no temor do Senhor, procurando arranjar este assunto de tal maneira que não seja árido e desinteressante, mas repleto de inocente prazer que leve o sinete do Céu? Eu sei que a classe pobre responderá a estas sugestões. Os mais ricos também devem mostrar interesse e apresentar seus donativos e ofertas proporcionalmente aos meios que Deus lhes confiou. Que se registrem nos livros do Céu um Natal como jamais houve em virtude dos donativos que forem dados para o sustento da obra de Deus e o reerguimento do Seu Reino. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. ------------------------Capítulo 78 -- A família -- um centro missionário Os pais devem orientar os filhos LA 484 1 Cumpre-nos a nós, como pais e como cristãos, imprimir a nossos filhos direção devida. Devem eles ser cuidadosa, sábia e ternamente guiados às veredas do serviço cristão. Temos para com Deus o solene compromisso de criar nossos filhos para Seu serviço. Rodeá-los de influências que os induzam a escolher uma vida de serviço, e dar-lhes o devido preparo, eis nosso primeiro dever. -- A Ciência do Bom Viver, 396. Os filhos devem ser Daniel e Ester hoje LA 484 2 O propósito de Deus para com os filhos que crescem em nossos lares, é mais amplo, mais profundo, mais elevado, do que o tem compreendido a nossa visão restrita. Aqueles em quem Ele viu fidelidade têm sido, no passado, chamados dentre as mais humildes posições na vida, a fim de testificarem dEle nos mais elevados lugares do mundo. E muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembléias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos palácios reais, como testemunhas do Rei dos reis. Multidões serão chamadas para um ministério mais amplo. O mundo todo se está abrindo para o evangelho. ... De toda parte deste nosso mundo, vem o clamor de corações feridos em seu anelo de conhecimento do Deus de amor. ... Recai sobre nós, os que recebemos este conhecimento, e sobre nossos filhos, a quem o podemos comunicar, atender ao seu clamor. A toda casa e escola, a todo pai, professor e criança sobre quem resplandeceu a luz do evangelho, impõe-se, neste momento crítico, a pergunta feita à rainha Ester naquela momentosa crise da história de Israel: "Quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" Ester 4:14. -- Educação, 262, 263. Processos eficientes de testemunhar por Cristo LA 485 1 Nem todos podem ir a terras missionárias estrangeiras, mas todos podem ser missionários entre os familiares e vizinhos. Há muitas maneiras pelas quais os membros da igreja podem dar a mensagem aos que estão ao seu redor. Uma das maneiras mais bem-sucedidas é o viver cristão prestativo, altruísta. Os que estão travando a batalha da vida com grandes desvantagens podem ser refrigerados e fortalecidos por pequeninas atenções que nada custam. Palavras bondosas, proferidas com simplicidade, pequenas atenções dispensadas sem ostentação, hão de afugentar as nuvens da tentação e dúvida que se adensam por sobre a alma. A verdadeira e sincera expressão de simpatia cristã, dada com simplicidade, tem poder para abrir a porta de corações que necessitam do simples e delicado toque do Espírito de Cristo. -- Testimonies for the Church 9:30. LA 485 2 Há um vasto campo de serviço para as mulheres, assim como para os homens. A eficiente cozinheira, a costureira, a enfermeira -- de todas é necessário o auxílio. Ensinem-se os membros dos lares pobres a cozinhar, a fazer e consertar sua própria roupa, a tratar dos doentes, a cuidar devidamente do lar. Mesmo as crianças devem ser ensinadas a fazer algum serviço de amor e misericórdia pelos menos afortunados do que elas. -- Testemunhos Selectos 3:302, 303. Crianças e jovens devem unir-se no serviço por outros LA 485 3 Num esforço por escusarem-se, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, vossos filhos devem ser vossa mão auxiliadora, aumentando vossa capacidade e habilidade para trabalhardes para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e alma Lhe pertencem. Devem ser instruídos para ajudar em vários ramos de serviço abnegado. Não permitais que vossos filhos sejam empecilhos. Convosco, devem os filhos partilhar os encargos tanto espirituais como físicos. Ajudando outros, aumentam a própria felicidade e utilidade. -- Testemunhos Selectos 3:103. LA 486 1 Se em cada igreja rapazes e moças solenemente se consagrarem a Deus, se praticarem a abnegação no lar, aliviando a mãe cansada e carregada de cuidados, que mudança se realizaria em nossas igrejas! A mãe encontraria tempo para fazer visitas aos vizinhos. Quando a oportunidade se ofereça, as crianças podem prestar ajuda fazendo, quando bem novas, pequenos serviços de misericórdia e amor para abençoar a outros. Assim milhares de lares de pobres e necessitados não de nossa fé seriam visitados. Livros sobre saúde e temperança poderiam ser postos em muitos lares. A circulação desses livros é uma obra importante, pois eles contêm preciosos conhecimentos quanto ao tratamento de enfermidades -- conhecimentos que seriam uma grande bênção aos que não podem pagar a visita do médico. -- Manuscrito 119, 1901. Que as crianças sejam pequenos missionários LA 486 2 Deus deseja que cada criança mesmo de tenra idade seja Seu filho, seja adotada em Sua família. Jovens como possam ser, deve a juventude fazer parte da família da fé e ter uma experiência muito preciosa. -- Carta 104, 1897. LA 486 3 Nos seus tenros anos as crianças devem ser úteis na obra de Deus. ... Ele lhes dará Sua graça e Seu Espírito Santo, a fim de que vençam a impaciência, a irritabilidade e todo pecado. Jesus ama as crianças. Ele tem bênçãos para elas, e aprecia vê-las obedientes aos pais. Deseja que sejam Seus pequenos missionários, negando suas próprias inclinações e desejos de prazeres egoístas para prestarem serviço para Ele; e esse serviço é justamente tão aceitável a Deus quanto o dos de mais idade. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896. LA 487 1 Por preceito e exemplo devem os pais ensinar seus filhos a trabalhar pelos inconversos. Devem as crianças ser tão educadas que simpatizem com os idosos e aflitos e procurem aliviar os sofrimentos dos pobres e angustiados. Devem ser ensinadas a serem diligentes no trabalho missionário; e já nos seus mais tenros anos devem aprender a abnegação e sacrifício pelo bem de outros e o progresso na causa de Cristo, para que possam ser colaboradores de Deus. -- Testimonies for the Church 6:429. LA 487 2 Ensinem os pais a seus pequenos a verdade como é em Jesus. As crianças na sua simplicidade repetirão a seus companheiros aquilo que aprenderam. -- Manuscrito 19, 1900. A igreja tem uma obra para a juventude LA 487 3 Concebam os supervisores da igreja planos por cujo meio possam os jovens ser adestrados no emprego dos talentos que lhes foram confiados. Busquem os membros mais idosos da igreja trabalhar dedicada e compassivamente em prol das crianças e jovens. Apliquem os pastores todo o seu engenho na idealização de planos em que os membros mais jovens da igreja possam ser induzidos a com eles cooperar no trabalho missionário. Mas não imagineis que possais despertar-lhes o interesse simplesmente com pregar um sermão longo na reunião missionária. Imaginai planos que despertem vivo interesse. Tenham todos uma parte para desempenhar. Sejam os jovens preparados para fazer o que lhes indicar, e tragam semana a semana seus relatórios para a reunião missionária, contando o que tenham experimentado, e, mediante a graça de Cristo, qual tem sido o seu êxito. Se esses relatórios fossem trazidos por pessoas que trabalham com consagração, as reuniões missionárias não seriam áridas nem enfadonhas. Estariam cheias de interesse, e não haveria falta de assistência. -- Testemunhos Selectos 3:68, 69. Oportunidades na vizinhança LA 488 1 As oportunidades estão ao alcance de todos. Assumi a obra que deve ser feita entre os vizinhos e pela qual sois responsáveis. Não espereis que outros instem convosco para que avanceis. Movimentai-vos sem demora, tendo em mente vossa responsabilidade individual para com Aquele que deu Sua vida por vós. Avançai como se ouvísseis Cristo em pessoa chamando-vos para que desperteis do sono e exerçais cada uma das faculdades que Deus vos deu para fazerdes o máximo possível em Seu serviço. Não espereis até ver quem mais está pronto a receber inspiração da Palavra do Deus vivo. Se sois inteiramente consagrados, mediante vossa atividade Ele levará para a verdade outros a quem Ele possa usar como canais que levem luz a muitas almas em trevas. -- Manuscrito 128, 1901. Devem as famílias cristãs penetrar regiões escuras LA 488 2 Deus pede que famílias cristãs vão para localidades que estão em trevas e erro, e trabalhem sábia e perseverantemente para o Mestre. Para atender a este chamado é mister abnegação. Enquanto muitos esperam que sejam removidos todos os obstáculos, almas estão morrendo sem esperança e sem Deus no mundo. Muitos, muitos mesmo, por amor de mundanas vantagens, por amor de conhecimentos científicos, aventuram-se a penetrar regiões pestíferas, e suportam durezas e privações. Onde se acham os que estão dispostos a fazer o mesmo no intuito de falar a outros acerca do Salvador? Onde os homens e mulheres que se prontifiquem a mudar-se para regiões necessitadas do evangelho, e encaminhar ao Redentor os que andam em trevas? -- Testemunhos Selectos 3:300, 301. LA 489 1 Uma grande obra se poderia realizar se se estabelecessem nos lugares em trevas, onde o povo se acha envolto em sombras espirituais, famílias mediante as quais irradiasse a luz de Cristo. Comecem elas seu trabalho quietamente, com discrição, sem prover-se dos fundos da associação até que o interesse se torne tanto que o não possam atender sem auxílio do ministério. -- Serviço Cristão, 183. As crianças trabalharão quando outros não puderem LA 489 2 Quando os seres celestes virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados. -- Testemunhos Selectos 2:461. LA 489 3 Nas cenas finais da história deste mundo, muitas destas crianças e jovens encherão de admiração o povo pelo seu testemunho em favor da verdade, o qual será dado de modo simples, no entanto com espírito e poder. Foi-lhes ensinado o temor do Senhor, e o coração se lhes abrandou por um estudo da Bíblia cuidadoso e acompanhado de oração. No próximo futuro, muitas crianças serão revestidas do Espírito Santo, e farão na proclamação da verdade ao mundo uma obra que, naquela ocasião, não pode bem ser feita pelos membros mais idosos das igrejas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 166, 167. LA 489 4 Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para esta grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e, com seus jotas e tis, ajudar a levá-la avante. ... Por elas será proclamada a mensagem de Deus, e a Sua salvação a todas as nações. Preocupe-se, pois, a igreja com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. -- Testemunhos Selectos 2:461. Aprender a fazer fazendo LA 490 1 O amor e lealdade para com Cristo são a fonte de todo verdadeiro serviço. No coração tocado por Seu amor, será gerado o desejo de trabalhar por Ele. Que este desejo seja alimentado e bem dirigido. Quer no lar, quer na vizinhança ou na escola, a presença dos pobres, aflitos, ignorantes ou infelizes, deve ser considerada não como uma desgraça, senão como uma preciosa oportunidade para o serviço que se nos oferece. LA 490 2 Nesta obra, como em qualquer outra, adquire-se a habilidade no próprio trabalho. É pelo ensino obtido nos deveres comuns da vida e no auxílio aos necessitados e sofredores, que se nos assegura a eficiência. Sem isto, os mais bem-intencionados esforços são muitas vezes inúteis e mesmo prejudiciais. É na água e não na terra que os homens aprendem a nadar. -- Educação, 268. ------------------------Capítulo 79 -- A recreação é necessária Pontos de vistas extremos sobre recreação LA 493 1 Há pessoas de imaginação doentia, para quem a religião é um tirano, governando-as como com vara de ferro. Essas pessoas estão continuamente lamentando sua depravação, e gemendo por um suposto mal. Não há amor em seu coração; têm sempre um semblante carregado. Ficam frias ao inocente riso da juventude ou de quem quer que seja. Consideram toda recreação ou diversão um pecado, e pensam que a mente deve estar constantemente trabalhando no mesmo grau de severa tensão. Isso é extremismo. Outras acham que a mente deve estar de contínuo em tensão para inventar entretenimentos e diversões a fim de obter saúde. Aprendem a depender da agitação e sentem-se desassossegados sem ela. Tais pessoas não são verdadeiros cristãos. Vão ao outro extremo. Os verdadeiros princípios do cristianismo abrem perante todos uma fonte de inestimável felicidade, cuja altura e profundidade, comprimento e largura são imensuráveis. -- Conselhos Sobre Saúde, 361. Refrigerar o espírito e revigorar o corpo LA 493 2 É privilégio e dever dos cristãos procurar refrigerar o espírito e revigorar o corpo mediante inocente recreação, com o intuito de empregar as energias físicas e mentais para a glória de Deus. Nossas recreações não devem ser cenas de insensata alegria, tomando a forma de uma insensatez. Podemos dirigi-las de maneira a beneficiar e elevar aqueles com quem nos associamos, habilitando-nos melhor, a nós e a eles, para atender com mais êxito aos deveres que sobre nós recaem como cristãos. -- Mensagens aos Jovens, 364. LA 494 1 Foi-me mostrado que os guardadores do sábado como um povo trabalham demasiado arduamente sem se permitirem variação ou períodos de repouso. A recreação é necessária aos que estão empenhados em trabalho físico e mais necessária ainda àqueles cuja atividade é principalmente mental. Não é essencial para a nossa salvação, nem para a glória de Deus, conservar a mente em atividade constante e excessiva, mesmo que seja sobre assuntos religiosos. -- Testimonies for the Church 1:514. LA 494 2 Muito têm que ver os arredores do lar e da escola com a questão de recreação. Na escolha de um lar ou na localização de uma escola deveriam estas coisas ser consideradas. Aqueles para quem o bem-estar mental e físico é de maior importância do que o dinheiro ou as exigências e costumes da sociedade, devem procurar para seus filhos o benefício do ensino da natureza, e a recreação no ambiente da mesma. -- Educação, 211, 212. A recreação é essencial LA 494 3 O tempo despendido em exercícios físicos não é perdido. ... O exercício proporcional de todos os órgãos e faculdades do corpo é essencial para o melhor trabalho de cada um. Quando o cérebro está constantemente sobrecarregado enquanto os outros órgãos da estrutura viva ficam inativos, há uma perda de força, tanto física como mental. O sistema físico é lesado em seu tono saudável, a mente perde seu frescor e vigor, e o resultado é uma agitação mórbida. -- Fundamentos da Educação Cristã, 418. LA 494 4 É preciso revelar cuidado no que respeita à regularidade das horas de sono e de trabalho. Precisamos ter períodos de descanso, de recreação e de contemplação. ... Os princípios de temperança têm mais vasto alcance do que muitos pensam. -- Manuscrito 60, 1894. Os estudantes necessitam de repouso LA 494 5 Os que se acham empenhados em estudo, devem ter folga. A mente não deve estar continuamente submetida a uma intensa atividade, pois o delicado maquinismo mental vem a gastar-se. O corpo, da mesma maneira que a mente, precisa de exercício. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 333. LA 495 1 A atenção dispensada à recreação e à cultura física, indubitavelmente, por vezes interromperá a rotina usual do trabalho escolar; esta interrupção, porém, não se revelará como um verdadeiro estorvo. Será centuplicadamente pago o emprego do tempo e esforço no sentido de robustecer o espírito e o corpo, alimentar a abnegação, unir aluno e professor pelos laços do interesse comum e amistosa associação. Uma abençoada expansão se proporcionará àquela irrequieta energia que tantas vezes é uma fonte de perigo à juventude. Como salvaguarda contra o mal, a preocupação do espírito com o bem vale mais do que inúmeras barreiras de lei ou disciplina. -- Educação, 213. Obreiros de escritórios que necessitam dias de recreação LA 495 2 Vi que poucos compreendem o exaustivo e constante trabalho dos que estão levando responsabilidades da obra nos escritórios. Estão confinados dentro de portas dia após dia, semana após semana, enquanto constante tensão das faculdades mentais está seguramente minando sua constituição e debilitando sua capacidade de viver. Esses irmãos estão em perigo de se debilitarem subitamente. Eles não são imortais, e sem uma mudança se esgotarão, ficando inutilizados para a obra. LA 495 3 Temos dons preciosos nos irmãos A, B, e C, e não podemos permitir que arruínem a saúde em virtude de cerrado confinamento e incessante trabalho. ... LA 495 4 Eles não têm tido qualquer variação exceto a que lhes impõem a febre ou outras enfermidades. Devem experimentar freqüente variação, devotando mesmo um dia inteiro à recreação com a família, que está quase inteiramente privada de sua companhia. Nem todos podem deixar o trabalho ao mesmo tempo; mas devem arranjar sua tarefa de tal maneira que um ou dois possam sair, ficando outros para ocupar-lhes o lugar, de maneira que estes por sua vez tenham a mesma oportunidade. LA 496 1 Vi que os irmãos A, B, e C devem, como dever religioso, cuidar da saúde e força que Deus lhes deu. O Senhor não requer deles que se tornem justo agora mártires de Sua causa. Não terão nenhuma recompensa com o proceder assim, pois o Senhor quer que vivam. -- Testimonies for the Church 1:515, 516. Procurar meios de recreação instrutiva LA 496 2 Há modos de recreação que são altamente benéficos tanto à mente como ao corpo. Um espírito esclarecido e discernidor encontrará abundantes meios de entretenimento e diversão em fontes não apenas inocentes, mas instrutivas. Recreação ao ar livre, a contemplação das obras de Deus na natureza será do mais alto benefício. -- Testimonies for the Church 4:653. LA 496 3 Creio, porém, que ao passo que estamos buscando refrigerar nosso espírito e revigorar o corpo, é-nos exigido por Deus que empreguemos todas as nossas faculdades em todo o tempo, para os melhores fins. Podemos associar-nos como estamos fazendo hoje aqui , e fazer tudo para glória de Deus. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que sejamos habilitados a cumprir melhor nossos deveres, e que nossa influência seja mais benéfica sobre aqueles com quem nos associamos. Isto se aplicaria especialmente a uma ocasião como esta, que deve ser de animação para todos nós. Podemos voltar a nossos lares com a mente revigorada e refrigerado o corpo, preparados para reiniciar o trabalho com mais esperança e ânimo. -- Testemunhos Selectos 1:283. Convite de Deus à juventude LA 497 1 A cada jovem chega o convite de Deus: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração" (Provérbios 23:26); Eu o conservarei puro; satisfarei seus anseios com a verdadeira felicidade. Deus Se alegra em tornar felizes os jovens, e essa é a razão por que Ele gostaria que entregassem o coração a Sua guarda, a fim de que toda faculdade por Deus concedida ao ser possa ser mantida em condição de vigor e saúde. Eles estão desfrutando o dom divino da vida. É Deus quem faz que lhes pulse o coração; dá-lhes força para cada faculdade. O prazer puro não avilta um só dos dons de Deus. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1887. ------------------------Capítulo 80 -- Como nos recrearemos? O inocente no lugar do pecaminoso LA 498 1 Não se podem tornar os jovens tão quietos e sérios como as pessoas de idade, a criança tão sóbria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os mestres ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não cinjais os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, mantende as rédeas do governo, guiando e regendo-lhes o espírito e desígnios, não obstante com tanta brandura, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam ainda terdes em vista sem máximo bem. -- Mensagens aos Jovens, 381. LA 498 2 Há divertimentos, como a dança, o jogo de cartas, as damas, o xadrez, etc., que não podemos aprovar porque o Céu os condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são de tendência benéfica, mas têm influência estimulante, produzindo em alguns espíritos a paixão por aqueles folguedos que levam a jogatinas e dissipação. Tais divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, pondo-se em seu lugar alguma coisa que seja perfeitamente inofensiva. -- Testimonies for the Church 1:514. LA 498 3 Ao mesmo tempo que restringimos nossos filhos com relação a esses prazeres mundanos que têm a tendência de corromper e desencaminhar, devemos prover-lhes recreação inocente, levá-los por caminhos prazerosos que nenhum perigo ofereçam. Nenhum filho de Deus precisa ter uma experiência triste ou penosa. Os mandamentos divinos, as divinas promessas, mostram que isto é assim. Os caminhos da sabedoria "são caminhos de delícias, e todas as suas veredas, paz". Provérbios 3:17. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. LA 499 1 Embora evitemos o falso e artificial, apostas em corridas de cavalos, jogo de cartas, loteria, pugilismo, bebidas alcoólicas, o uso do fumo, devemos proporcionar fontes de prazer que sejam puras e nobres e edificantes. -- Fundamentos da Educação Cristã, 320. O aspecto útil da ginástica LA 499 2 Os exercícios ginásticos preenchem um lugar útil em muitas escolas; mas, sem uma inspeção cuidadosa, são muitas vezes levados ao excesso. Muitos jovens, pelas proezas de força que tentam realizar nos salões de ginástica, têm trazido sobre si lesões para toda a vida. LA 499 3 O exercício em um salão de ginástica, ainda que bem dirigido, não pode tomar o lugar do recreio ao ar livre, e para tal nossas escolas devem oferecer melhores oportunidades. -- Educação, 210. Jogos de bola -- Diretrizes básicas LA 499 4 Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isto, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso. LA 499 5 Preocupam-me muito sempre os resultados quase inevitáveis que vêm na esteira dessa recreação. Eles levam a um gasto de meios que deviam ser aplicados em levar a luz da verdade às almas que estão perecendo sem Cristo. Divertimentos e gasto de meios para satisfação própria, que levam passo a passo à glorificação do eu, bem como o treinamento nesses jogos para obtenção de prazer produzem amor e paixão pelas coisas que não favorecem o aperfeiçoamento do caráter cristão. LA 499 6 A maneira como eles têm sido conduzidos no colégio não leva o sinal do Céu. Não fortalece o intelecto. Não refina e purifica o caráter. Há caminhos que conduzem para hábitos, costumes e práticas mundanas, e os praticantes se tornam tão absorvidos e enfatuados que são pronunciados no Céu como mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus. Em vez de o intelecto se tornar fortalecido para fazerem melhor obra como estudantes, para serem melhor qualificados como cristãos a fim de realizarem os deveres cristãos, esses exercícios enchem o cérebro com pensamentos que desviam a mente dos estudos. ... LA 500 1 É a glória de Deus que se tem em vista nesses jogos? Eu sei que não é. O caminho de Deus e Seus propósitos são perdidos de vista. A maneira como seres inteligentes se aplicam, ainda em período de experiência, está se sobrepondo à revelada vontade de Deus e pondo em seu lugar as especulações e invenções do instrumento humano, com Satanás a seu lado a imbuir-lhes o espírito. ... O Senhor Deus do Céu protesta contra a ardente paixão cultivada pela supremacia nos jogos assim tão empolgantes. -- Notebook Leaflets, 1, no 30. O problema de muitos esportes atléticos LA 500 2 Os estudantes devem fazer exercício vigoroso. Poucos males há que se devem temer mais do que a indolência e a falta de um objetivo. Não obstante, a tendência da maior parte dos esportes atléticos é assunto de ansiosa preocupação por parte dos que levam a sério o bem-estar da juventude. Os professores ficam incomodados ao considerar a influência destes esportes tanto no progresso do estudante da escola como no seu êxito na vida posterior. Os jogos que ocupam tanto o seu tempo lhe estão desviando o espírito do estudo. Não estão ajudando aos jovens a se prepararem para o trabalho prático e ardoroso da vida. Sua influência não tende para o refinamento, generosidade, ou verdadeira varonilidade. LA 500 3 Alguns dos mais populares divertimentos, tais como o futebol americano e o boxe, se têm tornado escolas de brutalidade. Estão desenvolvendo as mesmas características que desenvolviam os jogos na antiga Roma. O amor ao domínio, o orgulho da mera força bruta, o descaso da vida, estão exercendo sobre a juventude um poder desmoralizador que nos aterra. LA 501 1 Outros jogos atléticos, embora não tão embrutecedores, são pouco menos reprováveis, por causa do excesso com que são praticados. Estimulam o amor ao prazer, alimentando assim o desinteresse pelo trabalho útil, a disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir a graça pelas sóbrias realidades da vida e seus prazeres tranqüilos. Desta maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados. -- Educação, 210, 211. Quando a vida era menos complexa LA 501 2 Nos tempos primitivos, era simples a vida entre o povo que estava sob a direção de Deus. Viviam junto ao coração da natureza. Seus filhos participavam do trabalho dos pais, e estudavam as belezas e mistérios do tesouro da natureza. Na quietude do campo e do bosque ponderavam aquelas grandes verdades, transmitidas como um sagrado depósito, de geração em geração. Tal ensino produzia homens fortes. LA 501 3 Na presente época a vida se tornou artificial e os homens degeneraram. Conquanto não possamos voltar completamente aos hábitos simples daqueles tempos primitivos, deles podemos aprender lições que tornarão nossos momentos de recreação o que este nome implica: momentos de verdadeira construção de corpo, espírito e alma. -- Educação, 211. Famílias em passeios LA 501 4 Famílias várias que vivem numa cidade ou vila devem se unir e deixar as ocupações que as têm sobrecarregado física e mentalmente, e fazer uma excursão para o interior, ao lado de um agradável lago, ou num formoso bosque, onde o cenário da natureza é belo. Devem prover-se com alimentos simples, saudáveis, os melhores frutos e cereais, e estender a mesa à sombra de alguma árvore ou sob a cúpula do céu. A viagem, o exercício e o cenário ativarão o apetite, e poderão eles deliciar-se com uma refeição que fará inveja aos reis. LA 502 1 Nessas ocasiões pais e filhos devem sentir-se livres de cuidados, de trabalhos e perplexidades. Devem os pais tornar-se crianças com seus filhos, tornando tudo para eles tão agradável quanto possível. Seja o dia todo dedicado à recreação. Exercícios ao ar livre para aqueles cujo trabalho tem sido dentro de portas e sedentário será benéfico à saúde. Todos os que podem devem considerar um dever seguir este procedimento. Nada há a perder, mas muito a ganhar. Eles podem retornar a suas ocupações com nova vida e novo ânimo para empenhar-se em seu trabalho com zelo, sendo melhor preparados para resistir a enfermidades. -- Testimonies for the Church 1:514, 515. Felicidade nos encantos da natureza LA 502 2 Não penseis que Deus deseja que nos abstenhamos de tudo que é para nossa felicidade aqui. Tudo que Ele requer de nós é que deixemos aquilo que não é para nosso bem. LA 502 3 Esse Deus que plantou as nobres árvores e as revestiu de rica folhagem, e deu-nos os brilhantes e belos matizes das flores, e cuja mão e amorável operação vemos em todo o reino da natureza, não deseja fazer-nos infelizes; não é Seu propósito que não tenhamos gosto ou prazer nessas coisas. É Seu desejo que nós as desfrutemos, que sejamos felizes ante os encantos da natureza, que são de Sua própria criação. -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1886. Reuniões sociais LA 502 4 Reuniões para intercâmbio social tornam-se proveitosas e instrutivas no mais alto grau quando os que se reúnem têm o amor de Deus vibrando no coração, quando se reúnem para trocar idéias com respeito à Palavra de Deus ou para considerar métodos para o progresso da obra e fazer o bem aos semelhantes. Quando o Espírito Santo é considerado como hóspede bem-vindo nessas reuniões, quando nada é dito ou feito que O faça afastar-Se entristecido, então Deus é honrado e os que se reúnem são refrigerados e fortalecidos. -- The Youth's Instructor, 4 de Fevereiro de 1897. LA 503 1 As nossas reuniões devem ser dirigidas de tal maneira, e nossa conduta aí deve ser tal que, ao voltarmos para casa, possamos ter uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não havermos ferido ou, de algum modo, causado algum dano àqueles com quem estivemos em contato, ou exercido sobre eles qualquer nociva influência. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. Jesus participava de cenas de inocente felicidade LA 503 2 Jesus reprovava a condescendência própria em todas as suas formas, todavia era de natureza sociável. Aceitava a hospitalidade de todas as classes, visitando a casa de ricos e pobres, instruídos e ignorantes, procurando elevar-lhes os pensamentos das coisas comuns da vida, para as espirituais e eternas. Não consentia com o desperdício, e nem uma sombra de mundana leviandade Lhe manchou a conduta; todavia, achava prazer em cenas de inocente felicidade, e sancionava, com Sua presença, as reuniões sociais. Um casamento judaico era ocasião impressionante, e sua alegria não desagradava ao Filho do homem. ... Ao espírito de Jesus, a alegria das bodas apontava ao regozijo daquele dia em que levará Sua esposa para o lar do Pai, e os remidos juntamente com o Redentor se assentarão para a ceia das bodas do Cordeiro. -- O Desejado de Todas as Nações, 150, 151. Seu exemplo na conversação e na conduta LA 503 3 Quando convidado, ao iniciar Suas atividades, para um banquete ou festa oferecidos por algum fariseu ou publicano, Ele aceitava o convite. ... Mas nessas ocasiões Cristo dominava a conversação à mesa e dava muitas lições preciosas. E os que estavam presentes ouviam-nO: pois não havia Ele curado os seus doentes, confortado os tristes dentre eles, tomado nos braços os seus filhos, e os abençoado? Publicanos e pecadores eram atraídos a Ele, e quando falava, tinha a atenção deles sobre Si. LA 504 1 Cristo ensinou os Seus discípulos como conduzir-se quando em companhia de outros. Ensinou-lhes pelo exemplo que ao assistir a qualquer reunião pública, não precisavam desejar dizer alguma coisa. Sua conversação diferia profunda e decididamente daquilo que tinha sido ouvido em festas no passado. Cada palavra que proferia era para os Seus ouvintes um cheiro de vida para vida, e eles ouviam-nO com submissa atenção, como se desejosos de ouvir com um determinado propósito. -- Manuscrito 19, 1899. Ellen G. White e uma agradável reunião social LA 504 2 Ao final de minha longa jornada pelo leste, cheguei a meu lar em tempo de passar as vésperas de Ano Novo em Healdsburg. O salão do colégio havia sido preparado para uma reunião da Escola Sabatina. Ciprestes entrelaçados, folhas de outono, pinheirinhos e flores haviam sido arrumados com gosto; e um grande sino de folhas pendia da arcada da porta para a entrada do salão. A árvore estava bem carregada de donativos, os quais deviam ser usados em benefício dos pobres e ajudar a comprar um sino. ... Nesta ocasião nada foi dito ou feito que sobrecarregasse a consciência de alguém. LA 504 3 Um dos presentes me disse: "Irmã White, que pensa disto? Está em harmonia com nossa fé?" Respondi-lhe: "Com a minha fé está." -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. Atrair a juventude com poder salvador LA 504 4 Deus gostaria que cada lar e cada igreja exercesse um poder salvador para atrair as crianças dos sedutores prazeres do mundo e das associações com aqueles cuja influência teria tendência corruptora. Considerai como salvar a juventude para Jesus. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. ------------------------Capítulo 81 -- Recreação que proporciona satisfações duradouras O que desenvolve as mãos, a mente e o caráter LA 506 1 Não se obtêm os maiores benefícios de exercícios que se fazem como mero esporte ou exercícios propriamente ditos. Há algum benefício derivado da permanência ao ar livre e também do exercício dos músculos; mas seja a mesma quantidade de energia empregada no cumprimento de obrigações de auxílio e o benefício será maior, sendo alcançado um sentimento de satisfação, pois tais exercícios levam consigo o senso da prestatividade e a aprovação da consciência pelo dever cumprido. -- Fundamentos da Educação Cristã, 418. LA 506 2 Deve-se despertar nas crianças e jovens a ambição de se exercitarem na prática de algo que seja benéfico a eles mesmos e um auxílio a outros. O exercício que desenvolve a mente e o caráter, que ensina as mãos a serem úteis e que prepara os jovens a assumir sua parte nos encargos da vida é o que dá força física e ativa toda faculdade. E há uma recompensa na atividade virtuosa, no cultivo do hábito de viver para fazer o bem. -- Fundamentos da Educação Cristã, 418, 419. LA 506 3 Nenhuma recreação apenas proveitosa a si mesmos se revelará uma bênção tão grande às crianças e jovens, como a que os faz úteis aos outros. Entusiastas e impressionáveis por natureza são prontos a corresponder à sugestão. -- Educação, 212. Exemplo de Jesus como jovem LA 506 4 A vida de Jesus foi cheia de atividade, e Ele Se exercitou na prática de variadas tarefas, em harmonia com Sua força física e desenvolvimento. Realizando a obra que Lhe estava indicada, não tinha Ele tempo para participar de divertimentos estimulantes e inúteis. Não tomava parte naquilo que pudesse envenenar a moral e rebaixar o tono físico, mas foi educado no trabalho útil e até para resistir a durezas. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1893. LA 507 1 Em Sua vida terrena Cristo foi um exemplo a toda família humana, havendo sido obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro e trabalhou com as próprias mãos na pequena oficina de Nazaré. ... LA 507 2 A Bíblia diz de Jesus: "E o menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Lucas 2:40. Ao trabalhar na infância e na juventude, desenvolveram-se a mente e o corpo. Ele não usou Suas faculdades físicas descuidadamente, mas exercitou-as de molde a mantê-las sadias, a fim de poder fazer o melhor trabalho em cada setor. Não desejava ser falho, nem mesmo no manuseio das ferramentas. Foi tão perfeito como obreiro quanto o era no caráter. Por preceito e exemplo Cristo dignificou o trabalho útil. -- Fundamentos da Educação Cristã, 417, 418. Refrigério mediante variação no trabalho LA 507 3 Os rapazes devem lembrar-se de que são responsáveis por todos os privilégios que têm fruído, pelo aproveitamento do tempo, e pelo devido emprego de suas aptidões. Talvez indaguem: "Não teremos nenhum divertimento ou recreio? Havemos de trabalhar, trabalhar, trabalhar sem variação?" -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. LA 507 4 Uma mudança no trabalho físico que severamente esteja sobrecarregando as forças pode ser muito necessária por algum tempo, a fim de que possa de novo empenhar-se no trabalho, aplicando o vigor com maior sucesso. Mas repouso total pode não ser necessário, nem mesmo ser seguido dos melhores resultados no que respeita à força física. Eles não necessitam, mesmo quando esgotados com uma determinada espécie de trabalho, desperdiçar seus preciosos momentos. Devem procurar fazer então alguma coisa não tão exaustiva mas que seja uma bênção a sua mãe e irmãs. Aliviando-lhes os cuidados por tomar sobre si os mais duros encargos que elas têm de levar, podem eles encontrar aquele divertimento que brota do princípio e que lhes proporcionará a verdadeira felicidade, e seu tempo não será despendido em futilidades ou em condescendência egoísta. Seu tempo pode ser sempre empregado com proveito, eles podem ser retemperados com a variação, e não obstante estar remindo o tempo, de maneira que cada momento produza bom resultado a alguém. -- Testimonies for the Church 3:223. LA 508 1 Muitos afirmam que é necessário para a preservação da saúde física dedicar-se a entretenimento egoísta. É certo que se requer mudança para o melhor desenvolvimento do corpo, pois corpo e mente são refrigerados e revigorados pela variação; mas este objetivo não é alcançado pela participação de entretenimentos tolos, com negligência dos deveres diários que se requer os jovens realizem. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1893. Um programa abençoado para os estudantes LA 508 2 Devemos educar a juventude para que exercite tanto as faculdades físicas como as mentais. O exercício saudável de todo o ser proverá uma educação a um tempo ampla e compreensiva. Tivemos um difícil trabalho na Austrália em educar os pais e a juventude segundo estas diretrizes; mas perseveramos em nossos esforços até que fosse aprendida a lição de que para conseguir uma educação que seja completa, o tempo de estudo deve ser dividido entre a aquisição de conhecimentos através dos livros e o assegurar um conhecimento de trabalho prático. LA 508 3 Parte de cada dia era despendida em trabalho útil, em que os estudantes aprendiam como limpar a terra, como cultivar o solo e construir casas num tempo que de outro modo teria sido despendido em jogos esportivos e outros entretenimentos. E o Senhor abençoou os estudantes que assim devotaram o seu tempo a aprender lições de proveito. -- Carta 84, 1909. LA 509 1 Deus tem provido aplicações úteis do tempo no desenvolvimento da saúde, e essas aplicações qualificarão os estudantes a serem um auxílio a si mesmos e aos outros. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1898. LA 509 2 Em lugar de prover entretenimentos que apenas divirtam, deve-se procurar que os exercícios produzam o que é bom. -- Pamphlet, Recreation, 47. A atividade missionária é um exercício ideal LA 509 3 Há quantidades de coisas necessárias e úteis para se fazer em nosso mundo que tornariam o exercício de entretenimento quase inteiramente desnecessário. Cérebro, ossos e músculos adquirirão solidez e força quando usados com propósito, em fazer o bem, em pensar com aplicação e imaginar planos que os levarão ao desenvolvimento das faculdades do intelecto e da força dos órgãos físicos, os quais levarão ao uso prático dos talentos dados por Deus com que poderão glorificá-Lo. -- Notebook Leaflets, Education, 6:1. LA 509 4 É nosso dever procurar sempre fazer o bem no uso dos músculos e cérebro que Deus deu à juventude, para que possam ser úteis a outros, tornando suas cargas mais leves, consolando os tristes, animando o desencorajado, dizendo palavras de conforto ao sem esperança, desviando o espírito dos estudantes daquilo que é tolo e fútil e que muitas vezes os leva da dignidade viril e feminil para a vergonha e desventura. O Senhor deseja que a mente seja elevada, procurando canais mais altos e mais nobres de prestatividade. -- Notebook Leaflets, Education, 6:2. LA 509 5 A mesma capacidade de exercício da mente e dos músculos pode inventar caminhos e meios de alcançar mais alta classe de exercício, fazendo trabalho missionário que os torne colaboradores de Deus, podendo ser educados para mais prestatividade na presente vida, realizando trabalho útil, que é o ramo mais essencial na educação... LA 510 1 Não é esta obra que cada jovem cristão deve estar procurando fazer, isto é, trabalhar nas linhas cristãs? Tendes o auxílio de Cristo. As idéias dos estudantes se ampliarão. Terão eles maior perspectiva, e as faculdades de prestatividade, mesmo em vossa vida de estudantes, estarão em constante crescimento. Os braços, as mãos, que Deus deu, devem ser usados em fazer o bem que leve o sinete do Céu, a fim de que possais no final ouvir: "Bem está, servo bom e fiel." Mateus 25:21. -- Notebook Leaflets, Education, 6:1, 2. Receita para inválidos LA 510 2 Fui instruída de que ao ser o enfermo encorajado a deixar os seus aposentos e passar tempo ao ar livre, cuidando das flores, ou fazendo algum outro trabalho leve e agradável, sua mente será desviada do eu para alguma coisa mais salutar. Exercícios ao ar livre devem ser prescritos como uma necessidade benéfica e vitalizante. -- Medicina e Salvação, 234. LA 510 3 Não podemos senão sentir alegria ao ouvirmos a música dos felizes pássaros e deleitar nossos olhos nos campos florescentes e verdejantes. Devemos convidar nossa mente a interessar-se em todas as coisas gloriosas que Deus para nós proveu com mão liberal. E ao refletirmos sobre esses ricos sinais de Seu amor e cuidado, podemos esquecer doenças, sentir alegria e produzir melodias em nosso coração para o Senhor. -- The Health Reformer, Julho de 1871. LA 510 4 Por anos tem-me sido mostrado de tempos em tempos que os enfermos devem ser ensinados que é um erro suspender todo trabalho físico para reconquistar a saúde. Em assim procedendo tornam-se apáticos, o sangue circula lentamente através do organismo e constantemente se torna mais impuro. Nos casos em que o paciente está em perigo de considerar sua situação pior do que é na realidade, a indolência produzirá os resultados mais infelizes. Trabalho bem regulado dá ao inválido a idéia de que não é inteiramente inútil no mundo, de que é ao menos de algum proveito. Isto lhe proverá satisfação, lhe dará coragem e lhe comunicará vigor, o que o vão entretenimento mental jamais poderá fazer. -- Testimonies for the Church 1:555. Provisão de Deus para o verdadeiro prazer LA 511 1 Deus proveu para cada um prazer que pode ser desfrutado por ricos e pobres igualmente: o prazer que se encontra no cultivo da pureza de pensamento e da ação altruísta, o prazer que vem de dizer palavras de simpatia e de praticar atos de bondade. Dos que tais atos praticam resplandece a luz de Cristo para iluminar vidas anuviadas por muitas tristezas. -- Testimonies for the Church 9:57. ------------------------Capítulo 82 -- Como o cristão escolhe sua recreação Recreação cristã ou divertimento mundano? LA 512 1 Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, na verdadeira acepção do termo -- recriação -- tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida. LA 512 2 O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito da vida. -- Educação, 207. LA 512 3 Entre as associações dos seguidores de Cristo para recreação cristã e as reuniões para divertimento e prazeres mundanos se notará marcado contraste. Em vez de oração e menção de Cristo e de coisas sagradas, se ouvirão dos lábios dos mundanos risadas tolas e conversação frívola. Sua intenção é propiciar divertimento geral. Sua diversão começa com estultícia e termina em futilidade. -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1886. LA 512 4 Mas é necessário haver grande temperança nas diversões, bem como em qualquer outra ocupação. E o caráter desses entretenimentos deve ser cuidadosa e cabalmente considerado. Todo jovem deve perguntar-se a si mesmo: Que efeito terão essas diversões na saúde física, mental e moral? Ficará meu espírito tão absorvido que me esqueça de Deus? Deixarei de ter em mente a Sua glória? -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 333, 334. Regra para se reconhecer o entretenimento lícito LA 513 1 Nunca devemos perder de vista o fato de que Jesus é uma fonte de alegria. Ele não Se deleita na infelicidade dos seres humanos, mas aprecia vê-los felizes. LA 513 2 Os cristãos podem ter fontes de felicidade a sua disposição, podendo discernir com infalível exatidão quais sejam os prazeres lícitos e legítimos. Podem desfrutar daquelas recreações que não prejudiquem a mente ou rebaixem a alma, as que não tragam desapontamento nem deixem uma influência desoladora que venha mais tarde a destruir o respeito próprio ou a impedir o caminho da prestatividade. Se podem conservar consigo a Jesus e manter um espírito de oração estão perfeitamente a salvo. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1884. LA 513 3 Toda diversão em que vos puderdes empenhar pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que vos torna inaptos para a oração particular, para a devoção no altar da oração, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. Recreações que incapacitam para os deveres comuns LA 513 4 Somos daquela classe que crê ser nosso privilégio em cada dia de nossa vida glorificar a Deus na Terra; que não devemos viver neste mundo meramente para a nossa própria diversão, para meramente agradar-nos a nós mesmos. Aqui nos achamos para beneficiar a humanidade, e ser uma bênção para a sociedade; e se permitimos a mente soltar-se naquela corrente inferior em que giram os pensamentos dos que buscam simplesmente vaidade e extravagância, como podemos ser um benefício a nossa raça, a nossa geração? Como ser uma bênção à sociedade em volta de nós? Não podemos inocentemente condescender com qualquer diversão que nos inabilite ao mais fiel desempenho dos deveres usuais. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 336. LA 513 5 O bem-estar da alma, não deve ser posto em perigo pela satisfação de qualquer desejo egoísta, e devemos evitar toda recreação que de tal modo fascine a mente que os deveres comuns da vida pareçam insípidos e desinteressantes. Pela condescendência com tais divertimentos a mente se confirma numa direção errada, e Satanás perverte de tal maneira os pensamentos que o erro chega a parecer direito. Então a restrição e submissão aos pais, tal como Cristo prestou aos Seus, parece insuportável. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1893. Reuniões sociais objetáveis LA 514 1 Há muitas coisas que são boas em si mesmas, mas que pervertidas por Satanás, provam-se um laço para os desprevenidos. -- Carta 144, 1906. LA 514 2 Conforme são realizadas comumente, as reuniões sociais são ... um embaraço ao crescimento real, quer do espírito quer do caráter. Formam-se associações frívolas, hábitos de extravagância e de busca de prazeres, bem como muitas vezes de dissipação, coisas estas que moldam a vida toda para o mal. Em vez de tais diversões, pais e professores muito poderão fazer para suprir distrações sãs, que proporcionem vida. -- Educação, 211. LA 514 3 Tem havido, porém, em _____, ... reuniões de prazer, que têm sido um opróbrio às nossas instituições e à Igreja. Essas reuniões estimulam ao orgulho do vestuário, orgulho da aparência, à satisfação do próprio eu, ao riso e frivolidade. Satanás é recebido como hóspede de honra e toma posse dos que promovem essas reuniões. LA 514 4 A visão de um desses grupos me foi apresentada -- grupo em que se achavam reunidas pessoas que professam crer na verdade. Uma delas achava-se a um instrumento de música, e cantavam canções tais que faziam chorar os anjos da guarda. Havia ruidosa alegria, havia riso vulgar, abundância de entusiasmo, e uma espécie de inspiração; mas a alegria era daquela espécie que unicamente Satanás é capaz de produzir. É um entusiasmo e uma absorção de que os que amam a Deus se envergonharão. Preparam os que deles participam para pensamentos e ações profanos. Tenho motivos para pensar que alguns dos que tomaram parte naquela cena se arrependeram sinceramente do vergonhoso ato. LA 515 1 Muitas reuniões dessa espécie me foram mostradas. Tenho visto a alegria, a exibição de vestidos, o adorno pessoal. Todos querem ser considerados inteligentes, e entregam-se ao riso, aos tolos gracejos, à lisonja vulgar e às ruidosas gargalhadas. Cintilam os olhos, as faces ficam coradas, e a consciência adormece. Comendo, bebendo e alegrando-se, fazem eles o que podem para se esquecer de Deus. A cena de prazer é seu paraíso. E o Céu contempla, vendo e ouvindo tudo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 339, 340. LA 515 2 As reuniões para divertimento confundem a fé, e tornam o motivo confuso e incerto. O Senhor não aceita corações divididos. Quer o homem todo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 345. Poucos divertimentos populares são sadios LA 515 3 Muitos dos divertimentos populares no mundo hoje, mesmo entre aqueles que pretendem ser cristãos, propendem para os mesmos fins que os dos gentios, outrora. Poucos há na verdade entre eles que Satanás não torne responsáveis pela destruição de almas. Por meio da arte dramática, ele tem operado durante séculos para provocar a paixão e glorificar o vício. A ópera com sua fascinadora ostentação e música sedutora, o baile de máscaras, a dança, o jogo de cartas, Satanás emprega para derribar as barreiras dos princípios, e abrir a porta à satisfação sensual. Em todo o ajuntamento para diversão onde é alimentado o orgulho e satisfeito o apetite, onde a pessoa é levada a esquecer-se de Deus e perder de vista os interesses eternos, ali está Satanás atando suas correntes em redor da alma. -- Patriarcas e Profetas, 459, 460. LA 515 4 O verdadeiro cristão não desejará entrar em qualquer lugar de divertimento ou empenhar-se em qualquer diversão sobre os quais não possa pedir a bênção de Deus. Ele não será encontrado nos teatros, nem nos salões de bilhar ou de boliche. Não se unirá com os alegres valsistas nem tolerará qualquer outro prazer sedutor que banirá Cristo da mente. LA 516 1 Aos que anseiam por essas diversões, respondemos: Não podemos condescender com elas em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não poderia ser invocada sobre o tempo gasto no teatro ou na dança. Nenhum cristão desejaria enfrentar a morte em tal lugar. Ninguém desejaria ser aí encontrado quando Cristo vier. -- The Review and Herald, 28 de Fevereiro de 1882. LA 516 2 Descobrir-se-ão meios para alcançar os corações. Alguns dos métodos usados nesta obra serão diferentes dos que foram usados na mesma no passado; mas não permitamos que alguém, por causa disto, ponha obstáculos no caminho mediante a crítica. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1902. Teatro, ninho de imoralidade LA 516 3 Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, do que as diversões teatrais. O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é abster-nos de ir ao teatro, ao circo e a qualquer outro lugar de diversão duvidosa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 334, 335. Dança -- Uma escola de depravação LA 516 4 Em muitas famílias religiosas a dança e o jogo de cartas são feitos um passatempo familiar. Argumenta-se que esses são divertimentos domésticos tranqüilos, os quais podem ser desfrutados a salvo sob as vistas paternas. Mas assim é cultivado o amor por esses prazeres estimulantes, e o que era considerado inofensivo no lar não será por muito tempo considerado perigoso fora. Ainda está por provar que haja qualquer bem a ser obtido desses divertimentos. Eles não dão vigor ao corpo nem repouso à mente. Não implantam na alma qualquer sentimento santo ou virtuoso. Ao contrário, destrói todo gosto por pensamentos sérios ou pelo culto. É certo que há um grande contraste entre as reuniões da classe mais seleta e as promíscuas e degradantes reuniões das casas de dança vulgar. Mas todas são passos no caminho da dissipação. -- The Review and Herald, 28 de Fevereiro de 1882. A dança de Davi não é um precedente LA 517 1 A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e moral são sacrificadas ao prazer. Para os que freqüentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembléia deles. Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem. -- Patriarcas e Profetas, 707. Jogo de cartas -- prelúdio para o crime LA 517 2 O jogo de cartas devia ser proibido. As associações e tendências são perigosas. O príncipe das potestades das trevas preside nas salas de jogo e onde quer que haja jogo de cartas. Anjos maus são hóspedes familiares nesses lugares. Nada há em tais divertimentos que seja benéfico à alma ou ao corpo. Nada há que fortaleça o intelecto, nada que o robusteça com idéias para uso futuro. A conversação é sobre assuntos triviais e degradantes. ... Perícia no manuseio de cartas leva logo ao desejo de pôr essa habilidade e tato de alguma forma em benefício próprio. É posta em jogo uma pequena soma, depois outra maior, até que se adquire uma sede pelo jogo, a qual leva à ruína certa. Quantos este pernicioso divertimento tem levado a toda prática pecaminosa, à pobreza, à prisão, ao assassínio e à forca! E no entanto muitos pais não vêem o terrível abismo de ruínas que se abre para nossos jovens. -- Testimonies for the Church 4:652. O temor de parecer singular LA 518 1 Professos cristãos, de caráter e experiência religiosa superficiais, são pelo tentador usados como engodo. Esta classe está sempre pronta para as reuniões sociais ou de esporte, e sua influência atrai a outros. Rapazes e moças que têm procurado ser cristãos bíblicos, são persuadidos a unir-se ao grupo, arrastados para o círculo. Não consultam com oração a norma divina, para saber o que Cristo disse quanto ao fruto que deve ser produzido pela árvore cristã. Não discernem que esses entretenimentos são na verdade banquetes de Satanás, preparados com o intuito de impedir almas de aceitarem o convite para as bodas do Cordeiro, e de receberem o vestido branco do caráter -- a justiça de Cristo. Ficam confundidos quanto ao que é direito fazerem, como cristãos. Não querem que os julguem singulares, e naturalmente se inclinam a seguir o exemplo dos outros. Caem assim sob a influência dos que nunca tiveram o divino toque no coração ou na mente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 340, 341. Evitar o primeiro passo na condescendência LA 519 1 Talvez não vejais nenhum perigo real em dar o primeiro passo na frivolidade e na busca do prazer, e penseis que quando vos aprouver mudar de atitude, sereis capazes de proceder corretamente com tanta facilidade como antes de vos entregardes ao mal. Engano. Pela escolha de maus companheiros, muitos têm sido passo a passo desviados do caminho da virtude aos abismos da desobediência e do desregramento em que, outrora, haveriam julgado impossível imergir. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 224. Uma declaração franca de princípios cristãos LA 519 2 Se verdadeiramente pertenceis a Cristo, tereis oportunidades de testificar em Seu favor. Sereis convidados a ir a lugares de diversões, e esta será uma oportunidade que tereis de testificar de vosso Senhor. Se fordes leais a Cristo então, não procurareis encontrar desculpas para não aceitar o convite, mas clara e modestamente declarareis que sois filhos de Deus, e vossos princípios não vos permitiriam estar num lugar, mesmo ocasional, onde não podeis convidar a presença de vosso Senhor. -- The Youth's Instructor, 4 de Maio de 1893. LA 519 3 É desígnio de Deus manifestar por meio de Seu povo os princípios de Seu reino. A fim de que lhes seja possível revelar esses princípios na vida e no caráter, Ele os deseja separar dos costumes, hábitos e práticas do mundo. ... LA 519 4 Assombrosas cenas se estão desdobrando diante de nós; e em tal tempo, é preciso que a vida do povo professo de Deus seja um vivo testemunho, de modo que o mundo veja que, neste século, quando o mal espalha-se por toda parte, existe ainda um povo que põe de lado a própria vontade para fazer a vontade de Deus -- povo em cujo coração e vida se acha escrita a Sua lei. LA 519 5 Deus espera que os que usam o nome de Cristo O representem. Seus pensamentos devem ser puros; suas palavras, nobres e próprias para elevar. A religião de Cristo deve entretecer-se em tudo quanto eles façam ou digam. ... O Senhor deseja que Seu povo manifeste pela vida que vive a vantagem do cristianismo sobre a mundanidade; manifeste agir em plano mais elevado e santo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 321-324. ------------------------Capítulo 83 -- A sedução dos prazeres O coração natural busca prazeres LA 521 1 A mente natural tende para o prazer e a satisfação egoístas. É método de Satanás providenciar abundância dessas coisas. Busca encher o espírito dos homens com o desejo dos prazeres mundanos, a fim de não lhes sobrar tempo algum para perguntarem a si mesmos: Como vai minha alma? O amor do prazer é infeccioso. A ele entregue, a mente precipita-se de um a outro ponto, buscando sempre algum entretenimento. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. LA 521 2 Os prazeres mundanos são absorventes; e para desfrutar sua alegria momentânea muitos sacrificam a amizade do Céu, com sua paz, amor e alegria. Mas esses procurados objetos de deleite logo se tornam amargurantes, insatisfatórios. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. Milhões vão aos lugares de diversões LA 521 3 Nesta fase do mundo há uma busca de prazeres sem precedentes. Dissipação e absurda extravagância prevalecem por toda parte. As multidões estão famintas por divertimentos. A mente torna-se frívola e vulgar por não estar acostumada à meditação nem disciplinada para o estudo. É corrente o sentimentalismo ignorante. Deus exige que cada alma seja disciplinada, refinada, elevada e enobrecida. Mas não raro toda aquisição de valor é negligenciada pelo exibicionismo da moda e os prazeres superficiais. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1881. LA 521 4 Os divertimentos emocionantes de nosso tempo mantêm a mente de homens e mulheres, porém mais especialmente da juventude, numa febre de agitação, que lhes consome a reserva de vitalidade numa medida muito maior que o estudo e os trabalhos físicos, e cuja tendência é amesquinhar o intelecto e corromper a moral. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. LA 522 1 A juventude é levada de roldão pela onda popular. Os que se deixam dominar pelas diversões, abrem a porta para um dilúvio de tentações. Dedicam-se a divertimentos sociais e a irrefletida hilaridade. Passam de uma a outra forma de dissipação, até perderem tanto o desejo como a capacidade de viver de maneira útil. Esfriam as aspirações religiosas; debilita-se a vida espiritual. As mais nobres faculdades da alma, numa palavra, tudo quando liga o homem ao mundo espiritual, é envilecido. -- Testemunhos Selectos 3:326. Membros da igreja entre os amantes de prazeres LA 522 2 Muitos estão avidamente participando de prazeres mundanos, desmoralizantes, os quais a Palavra de Deus proíbe. Cortam assim sua ligação com Deus e se enfileiram entre os amantes dos prazeres do mundo. Os pecados que destruíram os antediluvianos e as cidades da planície existem hoje -- e não apenas em terras pagãs, não somente entre os populares professos do cristianismo, mas entre alguns que professam estar aguardando a vinda do Filho do homem. Se Deus apresentasse esses pecados diante de vós como aparecem aos Seus olhos, sentir-vos-íeis cheios de vergonha e terror. -- Testimonies for the Church 5:218. LA 522 3 O desejo de agitação e aprazível entretenimento é uma tentação e uma cilada ao povo de Deus, e especialmente aos jovens. Satanás está continuamente arranjando engodos com que desviar a mente da solene obra de preparação para as cenas que se acham num próximo futuro. Por intermédio dos mundanos, entretém uma constante estimulação a fim de induzir os imprudentes a se unirem aos prazeres do mundo. Existem shows, preleções e uma ilimitada variedade de distrações destinadas a levar ao amor do mundo; e mediante esta união com ele a fé é enfraquecida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 325. Satanás, hábil encantador LA 523 1 Os jovens em geral se conduzem como se as preciosas horas de graça, enquanto a misericórdia opera, fossem um grande feriado e eles estivessem colocados neste mundo tão-somente para se divertirem, para se satisfazerem com um continuado giro de agitação. Satanás tem estado a fazer especiais esforços a fim de levá-los a busca da felicidade nos divertimentos mundanos e a se justificarem procurando mostrar que esses prazeres são inofensivos, inocentes, e até mesmo importantes para a saúde. -- Testimonies for the Church 1:501. LA 523 2 Ele [Satanás] apresenta o caminho da santidade como sendo difícil, ao passo que os caminhos dos prazeres mundanos são cobertos de flores. Em cores falsas e enganadoras ele apresenta o mundo com seus prazeres diante da juventude. Mas os prazeres da Terra logo terão fim, e aquilo que é semeado deverá também ser ceifado. -- The Youth's Instructor, 1 de Janeiro de 1907. LA 523 3 Ele é, em todos os sentidos da palavra, um enganador, um hábil encantador. Possui muitas redes finamente tecidas, de inocente aparência, mas astutamente preparadas para emaranhar os jovens e os desprevenidos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 325. A educação amesquinhada pelo amor dos prazeres LA 523 4 Os pais erram quando introduzem seus filhos na sociedade em idade tenra, pelo receio de que nada aprendam a menos que assistam a recepções e se misturem com os que amam os prazeres. Até quando ainda na escola, eles permitem que seus filhos freqüentem reuniões sociais e se misturem com a sociedade. Isto é um grande erro. Assim aprendem eles o mal mais depressa do que as ciências, e sua mente se enche de coisas inúteis, enquanto a paixão pelos prazeres se desenvolve a tal ponto que se lhes torna impossível obter conhecimentos mesmo dos ramos comuns da educação. Sua atenção é dividida entre a educação e o amor ao prazer, e como o amor ao prazer predomina, seu progresso intelectual é lento. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1893. LA 524 1 Como Israel no passado, os amantes do prazer comem, bebem e se levantam para divertir-se. Há alegria e bebedice, hilaridade e divertimento. Em tudo isto os jovens seguem o exemplo dos autores dos livros postos em suas mãos para estudo. O maior mal de tudo isto é o permanente efeito dessas coisas sobre o caráter. -- Testimonies for the Church 8:66. A última mensagem de Deus recebida com indiferença LA 524 2 Estando a encerrar-se o seu tempo de graça, entregavam-se os antediluvianos a divertimentos e festas empolgantes. Os que possuíam influência e poderio aplicavam-se em conservar a mente do povo ocupada com júbilo e prazer, para que não acontecesse alguém ficar impressionado pela última e solene advertência. Não vemos o mesmo repetido em nossa época? Enquanto os servos de Deus estão a dar a mensagem de que o fim de todas as coisas está às portas, o mundo se absorve em divertimentos e busca de prazeres. Há uma constante seqüência de sensações que ocasiona a indiferença para com Deus, e impede o povo de se impressionar com as verdades que unicamente o pode salvar da destruição vindoura. -- Patriarcas e Profetas, 103. Os guardadores do Sábado serão testados LA 524 3 Jovens observadores do sábado que têm cedido à influência do mundo, hão de ser experimentados e provados. Acham-se sobre nós os perigos dos últimos dias, está diante dos jovens uma prova de que muitos não têm feito idéia. Serão levados à aflitiva perplexidade, provando-se a genuinidade de sua fé. Professam estar aguardando o Filho do homem; todavia, alguns deles têm sido um deplorável exemplo aos incrédulos. Não têm desejado abandonar as coisas do mundo, mas vivem antes com ele freqüentando piqueniques e outras reuniões de prazer, lisonjeando-se de que se estavam entregando a inocentes entretenimentos. São, porém, tais condescendências que os separam de Deus, fazendo-os filhos do mundo. ... LA 525 1 Deus não reconhece os caçadores de prazer como Seus seguidores. Unicamente os abnegados, os que vivem uma vida de sobriedade, humildade e santidade, são verdadeiros seguidores de Jesus. E esses não podem encontrar alegria nas frívolas, vazias conversações dos amantes do mundo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 327, 328. A primeira consideração LA 525 2 Que ninguém comece por crer que os divertimentos são essenciais e que o imprudente desrespeito pelo Espírito Santo durante horas de prazer egoísta deve ser considerado coisa sem importância. Deus não Se deixará escarnecer. Cada rapaz e cada moça faça a si mesmo a pergunta: "Estou preparado hoje para morrer? Tenho o preparo de coração que me capacita a fazer a obra que o Senhor me entregou para fazer? -- The Youth's Instructor, 14 de Agosto de 1906. ------------------------Capítulo 84 -- Como influenciar os juvenis em relação às recreações Normas rebaixadas LA 526 1 Os país cristãos estão abrindo caminho às propensões de seus filhos para o amor ao mundo. Abrem a porta a divertimentos que uma vez proibiram por princípio. -- Manuscrito 119, 1899. LA 526 2 Mesmo entre os pais cristãos tem havido excessiva aprovação ao amor por divertimentos. Eles têm recebido as máximas do mundo, têm-se conformado com a opinião geral de que é necessário que os primeiros anos de crianças e jovens sejam passados na indolência, em divertimentos egoístas, em tolas condescendências. Desta maneira tem sido criado o gosto por prazeres estimulantes, e crianças e jovens têm educado a mente no sentido de se deleitarem em exibições instigantes; e manifestam positivo desprazer nas obrigações sóbrias e úteis da vida. Vivem sua vida mais segundo a ordem dos irracionais. Não voltam os pensamentos para Deus ou as realidades eternas, mas esvoaçam como mariposas em sua estação. Não agem como seres sensíveis, cuja vida pode ser medida com a vida de Deus, e que a Ele são responsáveis por cada hora do seu tempo. -- The Youth's Instructor, 20 de Julho de 1893. As mães devem orientar LA 526 3 Em vez de afastar os filhos de sua presença, para não serem incomodadas com o barulho nem molestadas com as constantes atenções que eles exigem, devem as mães compreender que seu tempo não poderia ser melhor empregado do que em tranqüilizar e divertir-lhes a mente incansável, ativa com algum divertimento ou alguma ocupação agradável e leve. A mãe será amplamente recompensada pelos esforços que fizer e o tempo que despender em imaginar distrações para os filhos. LA 527 1 As crianças amam a associação. Elas não podem, como coisa geral, divertir-se sozinhas; e a mãe deve sentir que, em muitos casos, o lugar dos filhos quando estão em casa é o aposento que ela ocupa. Assim ela pode tê-los sob as vistas de maneira geral e estar em condições de endireitar pequenas desavenças, quando lho pedirem, e corrigir hábitos errôneos ou a manifestação de paixões egoístas, e dirigir-lhes a mente na direção certa. Aquilo que as crianças apreciam elas entendem que a mãe também aprecia, e para elas é perfeitamente natural consultar a mãe em seus pequenos problemas. E a mãe não deve ferir o coração de seus sensíveis filhos tratando o assunto com indiferença ou recusando-se a preocupar-se com essas pequenas questões. O que para a mãe pode ser de pouco valor é de grande importância para eles. E uma palavra de orientação ou a de advertência no devido tempo, se provará muitas vezes de grande valor. -- A Solemn Appeal, 136, 137. Não recusar recreações inocentes LA 527 2 Por falta de tempo e de idéia, muita mãe recusa a seus filhos algum inocente prazer, enquanto os dedos atarefados e os fatigados olhos se empenham diligentemente em qualquer obra destinada a mero adorno, qualquer coisa que, na melhor hipótese, servirá unicamente para animar a vaidade e a extravagância em seu jovem coração. Ao aproximarem-se os filhos da adolescência, estas lições dão frutos em orgulho e ausência de valor moral. A mãe aflige-se com as faltas dos filhos, mas não compreende que a colheita que está tendo é o fruto da semente por ela própria plantada. LA 527 3 Algumas mães não são uniformes no tratamento de suas crianças. Têm às vezes condescendências que lhes são nocivas; e de outras vezes, recusam qualquer inocente satisfação que tornaria deveras feliz o coraçãozinho infantil. Assim fazendo, elas não imitam a Cristo; Ele amava as crianças; compreendia-lhes os sentimentos, e interessava-Se por elas, fosse em seus prazeres, fosse em suas provações. -- A Ciência do Bom Viver, 389, 390. Como a Sra. White disciplinou seus filhos LA 528 1 Quando as crianças pedirem para fazer parte deste grupo ou reunir-se a algum outro para uma reunião de divertimento, dizei-lhes: "Não posso permitir que vão, filhos; assentem-se aqui e lhes direi por quê. Estou construindo uma obra para a eternidade e para Deus. Deus os entregou a mim e os confiou a meus cuidados. Estou posta no lugar de Deus para vocês, meus filhos; portanto devo vigiá-los como quem tem contas a prestar no dia de Deus. Querem vocês que o nome de mamãe apareça nos livros do Céu como alguém que falhou no desempenho de seus deveres para com os filhos, ou que tenha permitido ao inimigo ocupar o terreno que ela devia ter ocupado? Filhos, vou dizer-lhes qual é o caminho certo, e se escolherem afastar-se de mamãe e seguir os caminhos da impiedade, mamãe ficará isenta de culpa, mas vocês terão de sofrer por seus próprios pecados." LA 528 2 Este foi o procedimento que adotei com meus filhos, e antes que eu me desse conta eles estavam em lágrimas e diziam: "Não gostaria de orar por nós?" Bem, eu jamais recusei orar por eles, ajoelhando-me a seu lado. Nessas ocasiões tenho atravessado a noite até Sol alto em súplica a Deus por eles, para que o encantamento do inimigo seja quebrado, e tenho alcançado a vitória. Embora me custe noites de labor, sinto-me regiamente paga quando meus filhos se me dependuram ao pescoço e dizem: "Oh, mãe, sentimo-nos tão felizes por não nos haver deixado ir aonde havíamos desejado. Agora vemos que teria sido errado fazê-lo." LA 529 1 Pais, esta é a maneira como deveis agir: com convicção. Tendes de empenhar-vos neste trabalho, se esperais salvar vossos filhos para o reino de Deus. -- Manuscrito 13, 1888. Problemas perturbadores da adolescência LA 529 2 No atual estado da sociedade não é fácil tarefa restringirem os pais aos filhos, instruí-los de acordo com a norma bíblica do direito. Os filhos tornam-se muitas vezes impacientes sob a restrição, querendo fazer a própria vontade, indo e vindo segundo lhes apraz. Especialmente da idade de dez a dezoito, são propensos a julgar que nenhum mal pode haver em ir a reuniões mundanas de jovens companheiros. Mas os experientes pais cristãos podem ver o perigo. Estão familiarizados com o temperamento peculiar dos filhos, e sabem o efeito dessas coisas em seu espírito; e, levados pelo desejo de que se salvem, devem mantê-los afastados desses excitantes divertimentos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 327. Vigilância após a conversão LA 529 3 Quando os filhos decidem por si mesmos abandonar os prazeres do mundo e se tornarem discípulos de Cristo, que peso é tirado do coração desses pais cuidadosos e fiéis! No entanto, nem então devem cessar os esforços de sua parte. Esses jovens apenas começaram com sinceridade a luta contra o pecado, e contra os males do coração natural, e precisam, em sentido especial, o conselho e o vigilante cuidado dos pais. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 327. Como proteger os filhos LA 529 4 Quantos pais há que lamentam o fato de não poderem conservar seus filhos no lar, o fato de não terem esses filhos amor pelo lar! Logo no começo da adolescência têm eles manifestado o desejo da companhia de estranhos, e tão logo se tornam suficientemente crescidos, rompem aquilo que lhes parece o cativeiro de uma restrição irrazoável, e não ouvem quer os conselhos do pai quer as orações da mãe. Se fosse feita uma análise, se verificaria que o pecado está muito relacionado com os pais. Eles não tornaram o lar o que devia ser -- um lugar atrativo, agradável, iluminado com a luz de palavras de bondade, olhares de simpatia e verdadeiro amor. LA 530 1 O segredo da salvação dos filhos está em fazer vosso lar agradável e atrativo. A condescendência da parte dos pais não ligará os filhos nem a Deus e nem ao lar; mas uma influência firme e piedosa no devido treino e educação da mente poderia salvar muitos filhos da ruína. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. LA 530 2 É dever dos pais vigiarem o sair e o entrar de seus filhos. Devem estimulá-los e apresentar-lhes incentivos a serem atraídos ao lar, e que façam ver o interesse que os pais neles têm. Os chefes de família devem tornar o lar aprazível e alegre. -- Testemunhos Selectos 1:151. ------------------------Capítulo 85 -- A recompensa, aqui e na eternidade Rica recompensa espera os pais fiéis LA 533 1 Se os pais derem a seus filhos a devida educação, eles mesmos se sentirão felizes por ver os frutos de sua cuidadosa educação no caráter cristão de seus filhos. Eles estão prestando a Deus o mais elevado serviço ao apresentarem ao mundo famílias bem disciplinadas e bem ordenadas, que não somente temam ao Senhor, mas O honrem e O glorifiquem por sua influência sobre outras famílias; e eles receberão sua recompensa. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896. LA 533 2 Pais crentes, tendes uma obra de responsabilidade diante de vós, o guiar os passos de vossos filhos, mesmo em sua experiência religiosa. Quando amarem verdadeiramente a Deus, vos bendirão e reverenciarão pelo cuidado que manifestastes por eles, e por vossa fidelidade em restringir-lhes os desejos e sujeitar-lhes a vontade. -- Testemunhos Selectos 1:153. LA 533 3 Há, porém, uma recompensa quando a semente da verdade cedo é lançada no coração, e é cuidada atentamente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 144. LA 533 4 Os pais devem trabalhar tendo em vista a colheita futura. Conquanto semeiem em lágrimas, em meio aos desânimos, devem fazê-lo com fervente oração. Embora vejam a promessa de uma colheita tão-somente escassa e tardia, isto não deve impedi-los de semear. Devem semear junto a todas as águas, utilizando cada oportunidade tanto para melhorarem a si mesmos como para beneficiar seus filhos. A semente assim semeada não será vã. Na ocasião da colheita muitos pais fiéis voltarão com alegria, trazendo consigo os seus molhos. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. LA 534 1 Dai a vossos filhos cultura intelectual e ensino moral. Fortificai-lhes a mente juvenil com princípios firmes, puros. Enquanto tendes oportunidade, ponde o fundamento de uma varonilidade e feminilidade nobres. Vosso trabalho será mil vezes recompensado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 131. Os filhos preparados para o céu agradecerão LA 534 2 Na Palavra de Deus encontramos a bela descrição de um lar feliz e a mulher que o dirige: "Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva." Provérbios 31:28. Que maior louvor pode ser desejado por aquela que dirige o lar, do que o que é aqui expresso? -- The Health Reformer, Dezembro de 1887. LA 534 3 Se ela [a verdadeira esposa e mãe] busca de Deus força e conforto, e procura em Sua sabedoria e temor realizar os deveres diários, terá o marido preso ao seu coração e verá seus filhos chegarem à maturidade como homens e mulheres de honra, com firme moral para seguir o exemplo de sua mãe. -- The Signs of the Times, 29 de Novembro de 1877. LA 534 4 O grande estímulo para a mãe atarefada e fadigada deve ser o de ver que cada filho que é devidamente educado, e tem o adorno íntimo, o ornamento de um espírito manso e quieto, estará apto para o Céu e brilhará nas cortes do Senhor. -- Testimonies for the Church 3:566. As alegrias do céu começam no lar LA 534 5 Não se acham o Céu e a Terra mais distanciados hoje do que ao tempo em que os pastores ouviram o cântico dos anjos. A humanidade é hoje objeto de solicitude celeste da mesma maneira que o era quando homens comuns, ocupando posições ordinárias, se encontravam à luz do dia com anjos, e falavam com os mensageiros nas vinhas e nos campos. Enquanto nos movemos em nossos afazeres comuns, podemos ter bem perto o Céu. Anjos das cortes no alto assistirão os passos dos que vão e vêm às ordens de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 48. LA 535 1 A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. -- Educação, 307. LA 535 2 A adoração prestada em sinceridade de coração tem grande recompensa. "Teu Pai, que vê em segredo, te recompensará publicamente." Mateus 6:6. Pela vida que vivemos mediante a graça de Cristo, forma-se o caráter. A beleza original começa a ser restaurada na alma. São comunicados os atributos do caráter de Cristo, começando a refletir-se a imagem do Divino. A fisionomia dos homens e mulheres que andam e trabalham com Deus, exprime a paz do Céu. São circundados da atmosfera celeste. Para essas pessoas começou o reino de Deus. Possuem a alegria de Cristo, a satisfação de ser uma bênção à humanidade. Têm a honra de ser aceitos para o serviço do Mestre; é-lhes confiado o fazer Sua obra em Seu nome. -- O Desejado de Todas as Nações, 312. Todos devem ser aptos para a sociedade do céu LA 535 3 Deus deseja que os planos do Céu sejam postos em execução, e que a divina ordem e harmonia celestial prevaleçam em cada família, em cada igreja, em cada instituição. Fosse este amor deixado a fermentar a sociedade, e veríamos a operação de nobres princípios em refinamento e cortesia cristãs e em caridade cristã para com a aquisição do sangue de Cristo. Ver-se-ia uma transformação espiritual em todas as nossas famílias, em nossas instituições, em nossas igrejas. Quando esta transformação tiver lugar, todas as agências se tornarão instrumentos pelos quais Deus repartirá luz do Céu ao mundo e assim, mediante divina educação e disciplina, capacitará homens e mulheres para a sociedade do Céu. -- Testimonies for the Church 8:140. Recompensa no último grande dia LA 536 1 No desempenho de vosso trabalho por vossos filhos apegai-vos à poderosa força de Deus. Encomendai vossos filhos ao Senhor em oração. Trabalhai por eles fervente e incansavelmente. Deus ouvirá vossas orações e os atrairá a Si. Então no último grande dia, podeis trazê-los a Deus, dizendo: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Isaías 8:18. -- Manuscrito 114, 1903. LA 536 2 Quando Samuel receber a coroa de glória, estendê-la-á em honra diante do trono e alegremente reconhecerá que as fiéis lições de sua mãe, mediante os méritos de Cristo, o coroaram com glória imortal. -- Good Health, Março de 1880. LA 536 3 A obra dos pais sábios jamais será apreciada pelo mundo, mas quando se instalar o juízo e abrirem-se os livros, sua obra aparecerá como Deus a vê e será recompensada diante dos homens e dos anjos. Ver-se-á que uma criança que foi criada de maneira fiel tem sido uma luz no mundo. Custou lágrimas, ansiedade e noites insones vigiar a construção do caráter desta criança, mas a obra foi feita com sabedoria, e os pais ouvem o "bem está" (Mateus 25:21) do Mestre. -- The Signs of the Times, 13 de Julho de 1888. O título de admissão ao palácio do rei LA 536 4 Ensinem-se os jovens e crianças a escolher para si aquela veste real tecida nos teares celestiais -- o "linho... puro e resplandecente" (Apocalipse 19:8), que todos os santos da Terra usarão. Tal veste -- o próprio caráter imaculado de Cristo -- é livremente oferecida a todo ser humano. Mas todos os que a recebem, a receberão e usarão aqui. LA 536 5 Ensine-se às crianças que, franqueando elas à mente a pensamentos puros e amoráveis, e praticando ações amáveis e auxiliadoras, estão se vestindo com Suas belas vestes de caráter. Essa as tornará belas e amadas aqui, e será depois sua senha para admissão ao palácio do Rei. Sua promessa é: LA 537 1 "Comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso." Apocalipse 3:4. -- Educação, 249. Saudação divina aos redimidos LA 537 2 Vi então um grandíssimo número de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas, sendo uma para cada santo, com seu nome escrito na mesma. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Sua própria destra o adorável Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. Do mesmo modo os anjos trouxeram as harpas, e Jesus apresentou-as também aos santos. Os anjos dirigentes desferiram em primeiro lugar o tom, e então todas as vozes se alçaram em louvor grato e feliz, e todas as mãos habilmente deslizaram sobre as cordas da harpa, originando uma música melodiosa, com acordes abundantes e perfeitos. LA 537 3 Vi então Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. Dentro da cidade havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda parte uma copiosa glória. Então Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua preciosa e melodiosa voz: "Vejo o trabalho de minha alma, e estou satisfeito. Esta magnificente glória é vossa, para possuirdes eternamente. Vossas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem pranto; tampouco haverá mais dor." Vi a multidão dos remidos prostrar-se e lançar suas coroas brilhantes aos pés de Jesus; e então, levantando-os com Sua mão adorável, tocaram as harpas de ouro, e encheram o Céu todo com sua rica música e com cânticos ao Cordeiro. ... LA 537 4 A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fico inteiramente absorta. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, deponho a pena e exclamo: "Oh, que amor! que amor maravilhoso!" A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu, ou as profundidades incomparáveis do amor de um Salvador. -- Primeiros Escritos, 288, 289. ------------------------Capítulo 86 -- A vida no lar edênico O Éden deve ser restaurado LA 539 1 O Jardim do Éden permaneceu na Terra muito tempo depois que o homem fora expulso de suas deleitáveis veredas. Foi permitido à raça decaída por muito tempo contemplar o lar da inocência, estando a sua entrada vedada apenas pelos anjos vigilantes. À porta do Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória divina. Para ali iam Adão e seus filhos a fim de adorarem a Deus. Ali renovaram seus votos de obediência àquela lei, cuja transgressão os havia banido do Éden. Quando a onda de iniqüidade se propagou pelo mundo, e a impiedade dos homens determinou sua destruição por meio de um dilúvio de água, a mão que plantara o Éden o retirou da Terra. Mas, na restauração final de todas as coisas, quando houver "um novo céu e uma nova Terra" (Apocalipse 21:1), deverá ele ser restabelecido, mais gloriosamente adornado do que no princípio. LA 539 2 Então os que guardaram os mandamentos de Deus respirarão com um vigor imortal, por sob a árvore da vida (Apocalipse 2:7; Apocalipse 21:1; Apocalipse 22:14); e, através de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que não pecaram contemplarão no jardim de delícias um modelo da obra perfeita da criação de Deus, intato da maldição do pecado -- modelo do que teria sido a Terra inteira se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso do Criador. -- Patriarcas e Profetas, 62. LA 539 3 O grande plano da redenção tem como resultado trazer de novo o mundo ao favor de Deus, de uma maneira completa. Tudo que se perdera pelo pecado é restaurado. Não somente o homem é redimido, mas também a Terra, a fim de ser a eterna habitação dos obedientes. Durante seis mil anos Satanás tem lutado para manter posse da Terra. Agora se cumpre o propósito original de Deus ao criá-la. "Os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade." Daniel 7:18. -- Patriarcas e Profetas, 342. A "redenção da possessão de Deus" LA 540 1 O propósito original de Deus na criação da Terra é cumprido ao ser ela feita a eterna habitação dos remidos. "Os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre." Salmos 37:29. É o tempo para o qual homens santos de Deus olharam com expectação desde que a flamejante espada barrou ao primeiro par a entrada no Éden, tempo para a "redenção da possessão de Deus". Efésios 1:14. A Terra originariamente dada ao homem como seu reino, por ele entregue às mãos de Satanás, e por tanto tempo mantida pelo poderoso inimigo, foi reconquistada pelo grande plano da redenção. -- The Signs of the Times, 29 de Dezembro de 1909. LA 540 2 Tudo que foi perdido pelo primeiro Adão será restaurado pelo segundo. Diz o profeta: "A ti, ó Torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio." Miquéias 4:8. E Paulo aponta para a "redenção da possessão de Deus". Efésios 1:14. LA 540 3 Deus criou a Terra para ser habitada por seres santos e felizes. Este propósito será cumprido quando, renovada pelo poder de Deus e liberta do pecado e da tristeza, ela se tornar o eterno lar dos remidos. -- The Review and Herald, 22 de Outubro de 1908. Adão na posse de seu lar edênico LA 540 4 Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. Terrível foi a aflição do remorso, ao contemplar a iniqüidade que era dominante, e, em resposta às suas advertências, deparar com a acusação que lhe faziam como causa do pecado. Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão. Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança de uma ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio. LA 541 1 Em transportes de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite -- as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro e pelas abóbadas do Céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, "digno é o Cordeiro" (Apocalipse 5:12) "que foi morto e reviveu!" Apocalipse 2:8. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração. LA 541 2 Esta reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando da queda de Adão e rejubilaram ao ascender Jesus ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura a todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 647, 648. Mansões preparadas para os peregrinos da terra LA 541 3 O temor de dar à futura herança um sentido demasiado material tem levado muitos a espiritualizar as próprias verdades que nos levam a olhá-la como nosso lar. Cristo assegurou a Seus discípulos que ia preparar-lhes mansões na casa do Pai. Os que aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão inteiramente ignorantes quanto à habitação celestial. ... A linguagem humana é inadequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplam. Nenhum espírito finito pode compreender a glória do Paraíso de Deus. LA 542 1 Na Bíblia a herança dos salvos é chamada um país. Ali o Pastor celestial leva o Seu rebanho à fonte de águas vivas. A árvore da vida produz o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para saúde das nações. Ali há correntes sempre a fluir, claras como cristal, e ao seu lado árvores tremulantes lançam sua sombra sobre os caminhos preparados para os resgatados do Senhor. Ali as vastas planícies estendem-se até os montes de beleza, e as montanhas de Deus alçam seus altivos cumes. Nessas planícies de paz, ao lado das correntes de águas vivas, o povo de Deus, por tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar. -- The Review and Herald, 22 de Outubro de 1908. LA 542 2 Há ali casas para os peregrinos da Terra. Há vestes para os justos, com coroas de glória e palmas de vitória. Tudo quando nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com júbilo inexprimível e repleto de glória. ... LA 542 3 Estamos em caminho para casa. Aquele que nos amou de tal maneira que morreu por nós, construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Nenhum véu de infortúnio, nenhuma lamentação de esperanças frustradas e afeições sepultadas serão jamais ouvidas. Logo as vestes de opressão serão trocadas pela veste nupcial. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus. -- Testemunhos Selectos 3:433, 434. Privilégios dos remidos LA 543 1 O Céu é um lugar agradável. Anseio ali estar, e contemplar meu amorável Jesus, que por mim deu Sua vida, e achar-me transformada a Sua imagem gloriosa. Oh! quem me dera possuir linguagem para exprimir as glórias do resplandecente mundo vindouro! Estou sedenta das águas vivas que alegram a cidade de nosso Deus. LA 543 2 O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar magnífico e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: "Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra." ... Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: "Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus." -- Primeiros Escritos, 39, 40. Unida a família da terra com a do céu LA 544 1 Ali os remidos conhecerão como são conhecidos. O amor e simpatias que o próprio Deus plantou na alma, encontrarão ali o mais verdadeiro e suave exercício. A comunhão pura com os seres santos, a vida social harmoniosa com os bem-aventurados anjos e com os fiéis de todos os tempos, que lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro, os sagrados laços que reúnem "toda a família nos Céus e na Terra" (Efésios 3:15) -- tudo isto concorre para constituir a felicidade dos remidos. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 677. LA 544 2 As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei dos Céus. Todos serão uma família unida e feliz, revestida com as vestes de louvor e ações de graças. ... Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: "Não haverá mais pecado nem morte." Apocalipse 21:4. -- A Ciência do Bom Viver, 506. LA 544 3 Daquela cena de alegria celestial, chega até nós na Terra, o eco das maravilhosas palavras do próprio Cristo: "Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus." João 20:17. A família no Céu e a família na Terra, são uma só. Para nosso bem subiu nosso Senhor, para nosso bem Ele vive. "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." Hebreus 7:25. -- O Desejado de Todas as Nações, 835. A promessa é certa LA 544 4 Longo tempo temos esperado pelo retorno de nosso Salvador. Mas nem por isto é menos certa a promessa. Logo estaremos em nosso prometido lar. Ali Jesus nos guiará às correntes de águas vivas que fluem do trono de Deus e nos fará compreender as difíceis provas através das quais Ele nos levou à perfeição de caráter na Terra. Ali contemplaremos com ilimitada visão as belezas do Éden restaurado. Lançando aos pés do Redentor as coroas que Ele terá posto em nossa cabeça e tocando nossas harpas de ouro, encheremos todo o Céu com louvor Àquele que está assentado sobre o trono. -- Testimonies for the Church 8:254. LA 545 1 Deixemos que tudo quanto é belo em nosso lar terrestre nos lembre o rio de cristal e os campos verdejantes, as árvores farfalhantes e as fontes vivas, a cidade resplendente e os cantores vestidos de vestes brancas de nosso lar celestial -- aquele mundo de beleza que nenhum artista pode pintar, nenhuma língua mortal descrever. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam." 1 Coríntios 2:9. -- The Review and Herald, 11 de Julho de 1882. ------------------------Capítulo 87 -- Descrições da nova terra Visões da glória futura LA 546 1 Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra, sobre uma grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a Jesus sobre si, se partiu em duas, formando uma grande planície. Olhamos então para cima e vimos a grande cidade, com doze fundamentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Todos exclamamos: "A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus descendo do Céu", e ela veio e se pôs no lugar em que nos achávamos. Pusemo-nos então a observar as coisas gloriosas fora da cidade. Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoiadas por quatro colunas realçadas de pérolas preciosas, muito agradáveis à vista. Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia uma prateleira de ouro. Vi muitos dos santos entrarem nas casas, tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na prateleira, saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra; não como temos de fazer com a terra aqui, não, absolutamente. Uma gloriosa luz lhes resplandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente louvando a Deus em altas vozes. LA 546 2 Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores, e, quando as apanhei, exclamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam. LA 547 1 Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso; os ramos das árvores agitavam-se de um para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos nos bosques." -- Vida e Ensinos, 62, 63. Escola de preparo aqui, graduação na eternidade LA 547 2 Pensais que não aprenderemos alguma coisa ali? Não temos a menor idéia do que então se nos revelará. Com Cristo andaremos ao lado das águas vivas. Ele nos patenteará a beleza e glória da natureza. Revelará o que Ele é para nós, e o que nós somos para Ele. Verdades que hoje não podemos conhecer, em virtude de nossas limitações finitas, ali conheceremos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 162. LA 547 3 A família cristã deve ser uma escola de preparo em que os filhos se graduarão para entrar numa escola superior das mansões de Deus. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. LA 547 4 O Céu é uma escola; o campo de seus estudos, o Universo; seu professor, o Ser infinito. Uma ramificação desta escola foi estabelecida no Éden; e, cumprindo o plano da redenção, reassumir-se-á a educação na escola edênica. ... LA 547 5 Entre a escola estabelecida no Éden, no princípio, e aquela do além, jaz todo o lapso da história deste mundo -- a história da transgressão e sofrimento humanos, do sacrifício divino e da vitória sobre a morte e o pecado. ... Restabelecidos à Sua presença, de novo os homens serão, como no princípio, ensinados por Deus: "O Meu povo saberá o Meu nome, ... porque Eu mesmo sou o que digo: Eis-Me aqui." Isaías 52:6. ... LA 547 6 Ali, quando for removido o véu que obscurece a nossa visão, e nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza de que ora apanhamos lampejos pelo microscópio; quando olharmos às glórias dos céus hoje esquadrinhadas de longe pelo telescópio; quando, removida a mácula do pecado, a Terra toda aparecer "na beleza do Senhor nosso Deus" -- que campo se abrirá ao nosso estudo! -- Educação, 301-303. O conhecimento no céu será progressivo LA 548 1 Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão vôo incansável para os mundos distantes -- mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma alma resgatada. Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participam dos tesouros do saber e entendimento adquiridos durante séculos e séculos, na contemplação da obra de Deus. Com visão desanuviada olham para a glória da criação, achando-se sóis, estrelas e sistemas planetários, todos na sua indicada ordem, a circular em redor do trono da Divindade. Em todas as coisas, desde a mínima até à maior, está escrito o nome do Criador, e em todas se manifestam as riquezas de Seu poder. LA 548 2 E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 677, 678. Vida social LA 548 3 Ali conheceremos assim como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na pessoa encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. A pura comunhão com seres santos, a vida social harmoniosa com os santos anjos e com os fiéis de todos os tempos, a santa associação que reúne "toda a família no Céu e na Terra", tudo fará parte da experiência do além. -- Educação, 306. Ocupações na nova terra LA 549 1 Na Terra renovada, os redimidos empenhar-se-ão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edênica, a vida no jardim e no campo. "E edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos desfrutarão das obras das suas mãos até à velhice." Isaías 65:21, 22. LA 549 2 Cada faculdade será desenvolvida, toda habilidade aumentada. Os maiores empreendimentos serão levados a êxito, as mais elevadas aspirações alcançadas, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a serem alcançadas, novas maravilhas para serem admiradas, novas verdades a serem compreendidas, novos objetos de estudo a desafiarem as faculdades do corpo, da mente e da alma. -- Profetas e Reis, 730, 731. No limiar do cumprimento LA 549 3 Estamos vivendo no mais solene período da história da Terra. Nunca existe tempo em que é próprio pecar; é sempre perigoso continuar em transgressão, mas isto é verdade de maneira especial no presente. Estamos agora no próprio limiar do mundo eterno e na mais solene relação para com o tempo e a eternidade que nunca antes. Examine agora cada um o próprio coração e suplique que os raios do Sol da Justiça expulsem todas as trevas espirituais e purifiquem da corrupção. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 147. LA 549 4 A nós que estamos no limiar mesmo do seu cumprimento, que momentosos e de vivo interesse não são essas descrições das coisas por vir -- eventos a cujo respeito, desde que nossos primeiros pais se encaminharam para fora do Éden, os filhos de Deus têm orado, e os quais têm ansiosamente aguardado! LA 550 1 Companheiro peregrino, nós estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. -- Profetas e Reis, 731, 732. Um apelo para o preparo pessoal LA 550 2 Insisto em que vos prepareis para a vinda de Cristo nas nuvens do Céu. Dia a dia lançai fora do vosso coração o amor do mundo. Sabei por experiência própria o que significa ter comunhão com Cristo. Preparai-vos para o juízo, para que, ao vir Cristo, para Se fazer admirável em todos os que crêem, vós estejais entre os que O encontrarão em paz. Nesse dia os remidos brilharão na glória do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestes, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. -- Testemunhos Selectos 3:432. ------------------------Liderança Cristã LC 5 1 Prefácio LC 7 1 Capítulo 1 -- A importância da organização LC 9 1 Capítulo 2 -- Administração LC 11 1 Capítulo 3 -- Liderança cristã LC 13 1 Capítulo 4 -- Amabilidade, ternura, simpatia LC 17 1 Capítulo 5 -- Lealdade LC 19 1 Capítulo 6 -- Humildade LC 24 1 Capítulo 7 -- Integridade LC 27 1 Capítulo 8 -- Habilidade LC 28 1 Capítulo 9 -- Inveja LC 29 1 Capítulo 10 -- Confiança LC 30 1 Capítulo 11 -- Influência LC 32 1 Capítulo 12 -- Responsabilidade doméstica LC 34 1 Capítulo 13 -- Individualidade LC 36 1 Capítulo 14 -- Autoridade LC 42 1 Capítulo 15 -- Ditadura LC 48 1 Capítulo 16 -- Não controlar a mente de outras pessoas LC 51 1 Capítulo 17 -- Liderança e discernimento LC 53 1 Capítulo 18 -- Liderança feminina LC 54 1 Capítulo 19 -- O líder e o espírito de profecia LC 55 1 Capítulo 20 -- O líder e o trabalho LC 56 1 Capítulo 21 -- A administração do tempo LC 59 1 Capítulo 22 -- A importância da descentralização LC 61 1 Capítulo 23 -- A importância do planejamento LC 63 1 Capítulo 24 -- Tratando com os que erram LC 65 1 Capítulo 25 -- Oração e estudo LC 67 1 Capítulo 26 -- Colocando homens de negócio nos negócios LC 69 1 Capítulo 27 -- O líder e os motivos LC 71 1 Capítulo 28 -- Obreiros despedidos e transferidos LC 72 1 Capítulo 29 -- Trabalho em equipe LC 76 1 Capítulo 30 -- Delegando LC 83 1 Capítulo 31 -- Tomando decisões LC 85 1 Capítulo 32 -- Seleção de pessoal LC 88 1 Capítulo 33 -- Treinamento de líderes LC 91 1 Capítulo 34 -- Crítica LC 93 1 Capítulo 35 -- Cooperação LC 95 1 Capítulo 36 -- Reprovando o erro LC 96 1 Capítulo 37 -- Autodisciplina LC 99 1 Capítulo 38 -- Auto-desenvolvimento LC 101 1 Capítulo 39 -- Exagero em assuntos de pouca importância LC 103 1 Capítulo 40 -- Reuniões de comissões LC 105 1 Capítulo 41 -- Finanças LC 107 1 Capítulo 42 -- Coragem LC 109 1 Capítulo 43 -- Saúde LC 110 1 Capítulo 44 -- Confiança em Deus ------------------------Prefácio LC 5 1 Em Seu amor e compaixão, Deus proveu através de Ellen G. White um rico tesouro em conselhos inspirados sobre uma ampla variedade de temas importantes para a igreja remanescente em sua tarefa de propagar ao mundo a tríplice mensagem angélica. Entre os temas abordados nestes conselhos constam educação, regime alimentar, lar e família, evangelismo, vida saudável, cristianismo prático, obra médico-missionária e de publicações. LC 5 2 Professores que lecionam em escolas adventistas do sétimo dia e líderes da igreja têm descoberto que os materiais para suas aulas podem ser, quase sempre, enriquecidos por citações escolhidas e gemas de pensamento extraídas dos escritos publicados e não publicados de Ellen G. White. Desse modo, em 1973 e 1974, quando foram feitos preparativos para uma série de seminários sobre Liderança Cristã, o secretário do Patrimônio White e o diretor dos seminários colaboraram no preparo de um livreto contendo conselhos de Ellen G. White sobre Liderança Cristã. LC 5 3 Este livreto foi amplamente usado e muito apreciado. No entanto, após um certo número de anos, quando os seminários sobre Liderança Cristã não foram mais realizados de modo regular, a edição do livreto esgotou-se. Imaginou-se que ele havia servido ao seu propósito e não deveria ser reeditado. Entretanto, a procura continuou. Para atender aos pedidos, oferecemos agora essa nova edição. Oramos para que os conselhos aqui contidos possam fortalecer e abençoar homens e mulheres a quem Deus tem colocado em posições de responsabilidade em Sua igreja. Depositários do Patrimônio Literário White, Washington, D. C., 1 de Março de 1985. ------------------------Capítulo 1 -- A importância da organização LC 7 1 "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso." 1 Coríntios 12:4-7. LC 7 2 "Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo. A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas." 1 Coríntios 12:27, 28. LC 7 3 O propósito divino -- Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização haveria grande confusão e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção dos pastores, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 26. LC 7 4 A obra do Senhor requer ordem -- O Senhor não está satisfeito com a atual falta de ordem e exatidão entre os que trabalham na Sua obra. Mesmo nas reuniões de negócios da Associação, poder-se-ia economizar muito tempo e evitar muitos erros, mediante um pouco mais de estudo e pontualidade. Tudo quanto tenha qualquer relação com a obra de Deus deve ser tão perfeito quanto seja possível ao cérebro e às mãos humanos. -- Obreiros Evangélicos, 460. LC 7 5 A autoridade suprema da Associação Geral em assembléia -- Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de qualquer outro homem. Nunca deve a mente de um homem ou de uns poucos homens ser considerada suficiente em sabedoria e autoridade para controlar a obra e dizer quais os planos que devam ser seguidos. Mas quando numa Assembléia Geral é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral. ... Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Assembléia Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e avançamento de Sua obra. -- Testemunhos Seletos 3:408. LC 8 1 Solene responsabilidade -- Solenes são as responsabilidades que repousam sobre os que são chamados a agir como dirigentes na igreja de Deus na Terra. -- Atos dos Apóstolos, 92. LC 8 2 Exigências medidas pela influência -- O Céu está observando para ver como os que ocupam posições de influência se desempenham de sua mordomia. O que se exige deles como mordomos é proporcional à influência que exercem. -- Obreiros Evangélicos, 495. LC 8 3 Responsabilidade de liderança não é brincadeira de criança -- A posição ocupada por meu marido não é nada invejável. Requer a mais estrita atenção, cuidados e esforço mental. Exige são discernimento e sabedoria, abnegação, total dedicação e uma firme determinação de levar a termo os assuntos. Para essa importante posição, Deus terá um homem que se arrisque, se firme pelo direito, quaisquer que sejam as conseqüências; que enfrente obstáculos e não vacile, embora sua vida esteja em jogo. -- Testemunhos Para a Igreja 1:320. ------------------------Capítulo 2 -- Administração LC 9 1 Enfraquecido pela má administração -- Mas o coração da obra, o grande centro, tem-se enfraquecido pela má administração de homens que não acompanharam o passo de seu Líder. Satanás tem desviado seu dinheiro e suas habilidades para fins errados. Seu precioso tempo tem sido dirigido para a eternidade. O fervoroso trabalho que agora se está fazendo, a luta agressiva que se vem travando, bem podia há muito ter sido levada avante justamente de maneira tão vigorosa, em obediência à luz de Deus. Todo o corpo está doente por causa da má administração e mau planejamento. O povo a quem Deus confiou os interesses eternos, os depositários da verdade plena de resultados eternos, os mantenedores da luz que deve iluminar todo o mundo, perderam seu objetivo. -- Carta 8, 1896, (6 de Fevereiro de 1896). LC 9 2 Não se deve continuar a administrar de maneira errônea -- O resultado é ficar a causa de Deus envolvida em perplexidade e levada a constrangimento, e pesado fardo é lançado sobre os que são indicados para assumir importantes responsabilidades. Se for permitido que essa maneira errônea de administrar prossiga, não apenas minará os recursos financeiros mas também estancará os suprimentos que fluem do povo, pois isto destruirá sua confiança nos que estão à frente da obra, os quais têm o controle dos fundos, e levará muitos a cessar suas dádivas e ofertas. -- O Colportor Evangelista, 96. LC 9 3 Os obreiros descuidados são um fardo -- A conduta desses obreiros descuidados tem posto sobre homens que estão em posição de liderança um fardo que lhes aflige o coração. Estão perplexos, sem saber como hão de guardar a causa de Deus de toda espécie de roubo, e ainda salvar as almas desses que possuem idéias tão pervertidas quanto ao que seja verdadeira honestidade. -- O Colportor Evangelista, 96. LC 10 1 Como resultado, a maior obra confiada a mortais tem sido prejudicada pela administração ineficiente do homem. -- Testemunhos Para a Igreja 5:550. LC 10 2 Outras referências: Testemunhos Para a Igreja 7:99; Testemunhos Para a Igreja 5:276. ------------------------Capítulo 3 -- Liderança cristã LC 11 1 Liderança cristã -- liderança na oração -- A vereda dos homens que estão colocados como líderes não é fácil. Mas devem eles ver em cada dificuldade um chamado à oração. Jamais devem deixar de consultar a grande Fonte de toda a sabedoria. Fortalecidos e iluminados pelo Obreiro-Mestre, serão capacitados a permanecer firmes contra pecaminosas influências e a discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal. Aprovarão o que Deus aprova, e empenhar-se-ão com todo o fervor contra a introdução de princípios errôneos em Sua causa. -- Profetas e Reis, 31. LC 11 2 Liderança cristã em contato com Deus -- Os que estão empenhados na obra de Deus não poderão servir em Sua causa de modo aceitável, a menos que façam o melhor uso dos privilégios religiosos que desfrutam. Somos como árvores plantadas no jardim do Senhor; e Ele vem a nós buscar os frutos que tem direito de esperar. Seus olhos pousam sobre cada um; Ele lê nosso coração e conhece nossos caminhos. É esse um exame solene, porque diz respeito ao nosso dever e à nossa sorte, e é executado com grande interesse. LC 11 3 Que cada qual que tem encargos sagrados se pergunte: "Como enfrentarei o olhar perscrutador de Deus? Porventura meu coração está isento de toda a contaminação? Ou os átrios do Seu templo se têm profanado, sendo invadidos por compradores e vendilhões a ponto de não ficar lugar para Cristo?" O afã dos negócios, se contínuo, faz esmorecer a espiritualidade e deixa a alma vazia de Cristo. LC 11 4 Quando os homens, embora professando a verdade, levam dias sem se comunicar com Deus, são induzidos a atos estranhos e a tomar decisões que não estão de acordo com a vontade divina. Nossos irmãos não agirão com segurança deixando-se levar por meros impulsos; isto não é estar unidos a Cristo e proceder de acordo com a Sua vontade. Incapazes, em tais condições, de reconhecer as necessidades da causa, Satanás os induzirá a assumir atitudes que embaraçarão e estorvarão a obra. -- Testemunhos Seletos 2:132, 133. LC 12 1 Contemplando a Jesus -- Nenhum homem possui em si mesmo poder e autoridade tão elevados que Satanás não o ataque com tentações. Quanto mais elevada for a posição de responsabilidade que um homem ocupa, mais ferozes e determinados serão os ataques do inimigo. Que os servos de Deus em todos os lugares estudem Sua Palavra, olhando constantemente a Jesus para serem transformados à Sua imagem. A plenitude inexaurível e a total suficiência de Cristo estão à nossa disposição se andarmos diante de Deus em humildade e contrição. -- Manuscrito 140, 1902. LC 12 2 Líderes -- homens de oração. -- Presidentes de Associações, vocês serão sábios se decidirem ir a Deus. Creiam nEle. Ele ouvirá as suas orações e virá em seu auxílio, em muito menos tempo do que os transportes públicos poderiam levar um, dois, três ou quatro homens de uma grande distância, e com grande dispêndio, para decidir questões que o Deus da sabedoria de maneira muito melhor pode decidir para vocês. Ele prometeu: "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e o não lança em rosto; e ser-lhe-á dada." Tiago 1:5. Se sinceramente humilharem o coração diante dEle, esvaziando a alma do amor-próprio, removendo os defeitos naturais do caráter e vencerem o amor à supremacia, indo a Deus como uma criancinha, conceder-lhes-á Ele o Seu Santo Espírito. Quando dois ou três concordarem em fazer qualquer coisa, e no nome de Jesus pedirem ao Senhor, ser-lhes-á feito. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 323, 324. ------------------------Capítulo 4 -- Amabilidade, ternura, simpatia LC 13 1 Quando seus conselhos não são seguidos -- Deus vê cada transação. Nada pode ser oculto dEle. Há muitos homens que assumem responsabilidades demais e não têm cultivado amor, compaixão, simpatia e ternura que caracterizam a vida do cristão. Ao lidar com alguns de seus irmãos que não seguiram seus conselhos, ou que questionaram sua atitude, ou se comportaram de modo a não lhes agradar, não manifestam amor, embora essas almas tenham sido compradas pelo sangue de Cristo e sejam mui preciosas aos olhos de Deus por causa de sua simplicidade e sua integridade em defender o que é correto a qualquer custo. -- Carta 31a, 1894, 14, (27 de Outubro de 1894, a A. R. Henry). LC 13 2 Prazer em ferir almas -- Sinto-me entristecida ao ver que há pessoas em posições de confiança que cultivam muito pouco a compaixão e ternura de Cristo. Elas nem mesmo cultivam e manifestam amor para com seus irmãos e irmãs na fé. Não exercem o precioso tato que deve unir e curar aqueles que se extraviam. Em vez disso, mostram crueldade de espírito, que conduz os errantes ainda mais longe no caminho da escuridão, e fazem anjos chorar. Alguns parecem se alegrar em ferir e maltratar pessoas que estão prestes a perecer. Quando olho para homens que lidam com a sagrada verdade, que sustentam sagradas responsabilidades e estão deixando de cultivar o espírito de amor e ternura, tenho vontade de clamar: "Convertei-vos, convertei-vos...; pois por que haveis de morrer?" Ezequiel 33:11. -- Carta 43, 1895, 3, (14 de Junho de 1895, a J. H. Kellogg). LC 13 3 Amabilidade, cortesia e humildade de Cristo -- Você precisa da amabilidade, cortesia, mansidão e humildade de Cristo. Tem muitas qualidades valiosas que podem ser aperfeiçoadas para o mais elevado serviço se santificadas a Deus. Você deve sentir a necessidade de abordar seus irmãos com amabilidade e cortesia e não com severidade e aspereza. Não pode imaginar o mal que causa por seu tratamento áspero e opressor para com eles. Os pastores de sua Associação tornam-se desalentados, perdendo a coragem que deviam ter se você os tratasse com respeito, amabilidade, confiança e amor. Pela sua maneira de agir, tem afastado de você o coração de seus irmãos, de modo que seus conselhos não os tem influenciado para o bem. Isso não é o que o Senhor deseja. Ele não Se agrada de sua atitude para com seus irmãos. -- Carta 3, 1888, 4, (10 de Janeiro de 1888). LC 14 1 O poder da amabilidade -- Talvez nunca saberemos, até o juízo, a influência de uma atitude bondosa e atenciosa para com os volúveis, irrazoáveis e indignos. LC 14 2 Se após um comportamento de provocação e injustiça da parte deles, você ainda os tratar como o faria a uma pessoa inocente, e mesmo se der ao trabalho de mostrar-lhes especiais atos de bondade, terá então desempenhado a parte de um cristão; e eles ficarão surpresos e envergonhados, e verão a própria atitude e mesquinhez mais claramente do que se de modo específico você expusesse seus atos agressivos para repreendê-los. LC 14 3 Se tivesse exposto perante eles o seu proceder errôneo, ter-se-iam fechado em obstinação e desafio. Mas ao serem tratados com brandura e consideração, sentem de modo mais profundo o próprio comportamento e o contrastam com o seu. Então você está em posição privilegiada. Ocupa terreno vantajoso e, quando mostra solicitude por eles, percebem que você não está sendo hipócrita, mas que há coerência em cada palavra que diz. LC 14 4 Umas poucas palavras proferidas de modo áspero, sob provocação, e que poderiam parecer coisa de pouca importância -- somente aquilo que eles mereciam -- muitas vezes cortam a corda da influência que deviam ter ligado a alma deles à sua. A própria idéia de estarem eles em trevas, sob a tentação de Satanás e cegados pelo seu enfeitiçante poder, deve fazê-lo sentir profunda compaixão por eles, a mesma compaixão que sentiria por um enfermo, um paciente que sofre, mas que em virtude da doença não está consciente de seu perigo. -- Carta 20, 1892, (17 de Outubro de 1892, a J. H. Kellogg). LC 15 1 Representantes de Jesus -- Seria muito bom se aqueles que ocupam posições de confiança em nossas instituições se lembrassem de que são representantes de Jesus. Verdadeira bondade, santidade, amor e compaixão pelos que são tentados devem revelar-se em sua vida. Cristo deu a Si mesmo ao mundo para que todos os que nEle cressem fossem salvos. Não deveríamos nós, participantes dessa grande salvação, valorizar as almas por quem Ele deu Sua vida? Trabalhemos com a perseverança e energia proporcionais ao valor que Cristo dá à Sua herança comprada com sangue. Foi muito elevado o preço pago pelos seres humanos para serem desprezados ou tratados com aspereza ou indiferença. LC 15 2 Uma vida imperfeita é uma desonra a Deus. Coobreiros com Cristo não manifestarão rudeza ou auto-suficiência. Tais coisas devem ser expulsas da alma e a gentileza de Cristo deve assumir seu lugar. Nunca sejam rudes com qualquer pessoa; pois pela graça divina ela pode tornar-se herdeira de Deus e co-herdeira com Cristo. Não magoem o coração dos que foram comprados por Cristo, porque assim fazendo vocês magoam o coração dEle. Lembrem-se sempre de que todos se reencontrarão junto ao grande trono branco, para ali receber a aprovação ou desaprovação de Deus. Uma pessoa ferida é muitas vezes uma pessoa destruída. Que todos os que têm luz e privilégios se lembrem de que sua posição de confiança os torna responsáveis pelas pessoas. Eles terão que reencontrar aqueles a quem, feridos e magoados, afastaram de Cristo para a morte. LC 15 3 O agente humano é cheiro de vida para vida ou de morte para morte. Ou ele conduz a Cristo ou arrasta para longe dEle. -- Manuscrito 143, 1899, (4 de Outubro de 1899, "Coobreiros com Cristo"). LC 15 4 Bondade para com os errantes -- No avanço da Sua causa na Terra, Ele deve ter homens designados para lidar com os errantes, os quais sejam gentis e atenciosos e cujo caráter revele semelhança com o divino -- homens que mostrem a sabedoria de Cristo ao lidar com assuntos sigilosos; e quando um trabalho de correção e reprovação tiver que ser feito, saibam guardar silêncio diante daqueles que não estão envolvidos no assunto. Os incrédulos jamais devem ter a oportunidade de fazer do povo de Deus, sejam eles pastores ou leigos, objeto de sua suspeita e julgamento injusto. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1907. LC 16 1 Bondade para com os jovens -- Deus considera os gerentes de Suas instituições como responsáveis para tratar com cortesia, respeito e bondade os jovens nelas empregados. Devem lidar com os jovens como desejariam que Cristo lidasse com eles próprios. Seu primeiro trabalho para com os jovens deve ser tratá-los com tanta bondade, tão atenciosos a seus interesses, que se sintam à vontade em sua presença. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1903. ------------------------Capítulo 5 -- Lealdade LC 17 1 Necessidade de líderes leais -- São necessários homens fiéis e escolhidos na liderança da obra. Aqueles que não têm, e não desejam ter, experiência em assumir responsabilidades, não devem de forma alguma estar ali. São necessários homens que vigiem pelas pessoas como quem tem de dar conta delas. Pais e mães em Israel são necessários nessa importante função. Deixem que os egoístas e preocupados consigo mesmos, os avarentos, os cobiçosos, descubram um lugar onde seus miseráveis traços de caráter não sejam tão patentes. Quanto mais isolados ficarem, melhor para a causa de Deus. Apelo ao povo de Deus onde quer que se encontrem: Despertem para seu dever. Compreendam que realmente vivemos os perigos dos últimos dias. -- Testemunhos Para a Igreja 2:467, 468. LC 17 2 O julgamento pessoal não é supremo -- Tem havido sempre na igreja os que estão constantemente inclinados à independência pessoal. Parecem incapazes de compreender que a independência de espírito é suscetível de levar o instrumento humano a ter demasiada confiança em si mesmo e em seu próprio discernimento, de preferência a respeitar o conselho e estimar altamente a maneira de julgar de seus irmãos, especialmente os que se acham nos cargos designados por Deus para liderança de Seu povo. Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar; pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. Os que são inclinados a considerar como supremo seu critério pessoal acham-se em grave perigo. É o planejado esforço de Satanás separar a esses dos que são condutos de luz, por cujo intermédio Deus tem operado para edificar e estender Sua obra na Terra. Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as responsabilidades da liderança ligadas ao progresso da verdade é rejeitar o meio ordenado por Ele para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo. Desprezar qualquer obreiro na causa do Senhor e pensar que a luz não lhe deve vir por nenhum outro instrumento, mas diretamente de Deus, é assumir uma atitude em que está sujeito a ser iludido pelo inimigo, e vencido. -- Obreiros Evangélicos, 443, 444. LC 18 1 Responsabilidade pelos desviados -- Aqueles que estão em posição de responsabilidade e agem a seu próprio modo são considerados responsáveis pelos erros daqueles que estão sendo levados a desviar-se por seu exemplo. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1905. LC 18 2 A deslealdade deve ser reprovada -- Aqueles que se mostram desleais devem ser tratados de acordo com a sabedoria comunicada por Deus. Jamais devem os servos de Deus olhar para inimizades, intrigas e fraude como virtude; os que estão em posição de responsabilidade devem manifestar decidida desaprovação a toda infidelidade nos negócios e assuntos espirituais. E devem escolher como conselheiros, em todas as áreas da obra, apenas homens que possam ser dignos da mais absoluta confiança. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1905. LC 18 3 A lealdade de Paulo confirmou a fé das igrejas -- Através de seu ministério, Paulo tinha buscado de Deus guia direta. Ao mesmo tempo, tinha sido muito cuidadoso em trabalhar em harmonia com as decisões do concílio geral de Jerusalém; e, como resultado, as igrejas "eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número". Atos dos Apóstolos 16:5. E agora, não obstante a falta de simpatia mostrada por alguns, encontrava conforto na tranqüila consciência de que havia cumprido seu dever ao encorajar em seus conversos um espírito de lealdade, generosidade e amor fraternal, como se revelou nessa ocasião nas contribuições liberais que lhe foi possível colocar diante dos anciãos judeus. -- Atos dos Apóstolos, 402. ------------------------Capítulo 6 -- Humildade LC 19 1 Andar Humildemente Diante dEle -- Revistam-se de toda a armadura de Deus e nunca se esqueçam de calçar os pés com a preparação do evangelho da paz. Não usem de opressão para com os homens e não haja ira em seu tom de voz. Que todos os servos de Deus, desde os que ocupam as mais elevadas posições aos que fazem os trabalhos mais modestos, andem humildemente diante dEle. -- Manuscrito 140, 1902. LC 19 2 Tempo para oração -- Estejam certos de orar e aconselhar-se mutuamente antes de fazer seus planos; e então, no Espírito de Cristo, trabalhem em união. Se um dentre vocês decidir que não pode cooperar com seus irmãos e não sente desejo de trabalhar por causa de divergência de opiniões, o procedimento a ser seguido está fora de questão -- humilhem-se diante de Deus e recorram à oração, pois não podem e não devem trabalhar em desarmonia. LC 19 3 Deus removerá Seu Espírito daquele que persistir na obstinação e vontade própria, e outro usará a coroa que seria dele. Deus aceita apenas aqueles que aprendem de Cristo, aqueles que estudam Sua Palavra, aprendendo lições de mansidão e humildade de coração, lições de obediência, disposição para fazer o trabalho à maneira de Deus e não ao seu modo limitado. ... LC 19 4 O amor-próprio, o orgulho e a presunção são a base das maiores provações e discórdias que já existiram no mundo religioso. Repetidas vezes o anjo tem-me dito: "Unam-se, unam-se, tenham um só parecer, um só julgamento." Cristo é o líder e vocês são irmãos; sigam-nO. Andem na luz como Ele está na luz. Aqueles que caminham nos passos de Cristo não andarão nas trevas; mas aqueles que se separam em independência não santificada não podem ter a presença de Deus e Sua bênção em seu trabalho. ... LC 19 5 Os obreiros se colocam facilmente onde o divino amor, poder e sabedoria não podem alcançá-los, onde não podem ser aconselhados, em dificuldades e provações, porque não entendem e corretamente se apropriam do rico tesouro do Céu. Glorificam a si mesmos, julgam os próprios caminhos perfeitos e firmam-se na justiça própria. -- Carta 4, 1890, (9 de Março de 1890 -- aos irmãos na África). LC 20 1 Sabedoria do alto -- Procuram-se homens que sintam sua necessidade de sabedoria do alto, homens que sejam convertidos de coração, que compreendam que são apenas pecadores mortais e devem aprender lições na escola de Cristo antes de estarem preparados para moldar outras mentes. Quando os homens tiverem aprendido a depender de Deus, quando tiverem fé que atue por amor e lhes purifique a alma, então não colocarão sobre os ombros de outros homens fardos penosos de ser suportados. -- Carta 83, 1896, (22 de Maio de 1896 a O. A. Olsen). LC 20 2 Liderança casual -- Você aprecia elogio, agitação e colocar-se à frente. Importa-se mais com a aprovação e louvor dos homens do que com a aprovação de Deus. Lidera outros. Eles não sabem para onde os está conduzindo, nem você, porque vai de modo casual, descuidado e impulsivo, sem correto discernimento ou sabedoria celestial. Deus o tem advertido e aconselhado. Tem você estremecido ante Sua Palavra? Tem resistido às tentações? Tem se separado mais das influências mundanas? -- Carta 3, 1882, 3, (1 de Abril de 1882). LC 20 3 Deus exalta os humildes -- Aqueles que se assemelham a Deus no caráter, em bondade, misericórdia e lealdade dedicada à Sua causa e obra são os mais adequados para assumir responsabilidades e liderar. Cada um precisa trabalhar agora por seu irmão, por seu amigo, por seu vizinho e pelo estrangeiro, afastando da mente o desencorajamento que ali penetra. A verdade deve ser engrandecida. Não devemos nos surpreender ante movimentos estranhos. Ninguém deve buscar exaltação. Quanto mais humildemente agirmos e trabalharmos, mais seremos exaltados por Deus. Não demorará muito para Cristo voltar a nosso mundo. Essa deve ser a tônica de cada mensagem. -- Carta 39, 1898, (27 de Março de 1898 aos irmãos Woods e Miller). LC 21 1 Tempo para mudança -- Homens que ocupam posições de responsabilidade têm muito que aprender. Quando os homens julgam que suas idéias não possuem falhas, então é tempo de mudarem sua posição de líder para a de aprendiz. Quando pensam que suas idéias e seu julgamento devem ser aceitos sem questionamento, mostram-se incapazes para a posição que ocupam. Deus não vê como vê o homem. Qualquer que seja a posição que um homem seja chamado a ocupar, seu julgamento não deve ser considerado infalível. A responsabilidade a ele confiada torna muito mais necessário que ele esteja livre de todo o egoísmo e disposto a receber conselhos do que de outro modo o seria. -- Manuscrito 55, 1897, (3 de Junho de 1897), "Desenvolvimento de Obreiros". LC 21 2 Recursos extorquidos para serem usados na causa de Deus -- Tem havido qualquer deste regozijo entre aqueles a quem foram confiadas posições de responsabilidades na obra de Deus? Isto é uma vergonha para eles, e quando virem que tamanha ofensa sua conduta representou para Deus ficarão envergonhados. A ira do Senhor se acendeu contra aqueles que podem se regozijar na exploração de seus semelhantes, que extorquem recursos para serem usados em benefício da causa. O Senhor pergunta: Quem deu a estes homens tal autoridade? A causa de Deus era mais preciosa para aqueles a quem defraudaram do que para eles. Exerceram sua engenhosidade -- talento precioso que lhes foi confiado por Deus para ser usado a fim de glorificá-Lo -- sobre os que estavam fervorosa e sinceramente buscando cumprir a vontade de Deus, tornando-lhes isto tão difícil quanto possível. Nisto eles manifestaram os atributos de Satanás. -- Carta 34, 1899, 12, (14 de Fevereiro de 1899). LC 21 3 Posição não dá santidade -- Salomão nunca foi tão rico, tão sábio ou tão verdadeiramente grande como quando confessou: "Não passo de uma criança, não sei como conduzir-me." 1 Reis 3:7. LC 21 4 Os que ocupam hoje posições de responsabilidade devem procurar aprender a lição ensinada pela oração de Salomão. Quanto mais alta a posição que um homem ocupa, quanto maior a responsabilidade que tem de levar, mais ampla será a influência que exerce e maior sua necessidade de dependência de Deus. Deve lembrar-se sempre de que, com o chamado para o trabalho, vem o chamado para andar circunspectamente perante seus companheiros. Deve ele permanecer ante Deus na atitude de um discípulo. A posição não dá santidade de caráter. É por honrar a Deus e obedecer a Seus mandamentos que o homem se torna verdadeiramente grande. LC 22 1 Por todo o tempo em que permanecer consagrado, o homem a quem Deus dotou com discernimento e habilidade não manifestará anseios por alta posição, nem procurará governar ou controlar. Necessariamente os homens precisam assumir responsabilidades; mas em vez de disputar a supremacia, aquele que é verdadeiro líder orará por um coração entendido, a fim de poder discernir entre o bem e o mal. -- Profetas e Reis, 30, 31. LC 22 2 Os líderes são aprendizes -- Os que aceitam uma posição de responsabilidade na causa de Deus devem lembrar-se sempre de que, com o chamado para esta obra, Deus os chamou igualmente para andar circunspectamente diante dEle e de seus semelhantes. Em vez de considerar seu dever ordenar, impor e comandar devem reconhecer que lhes compete aprender. Ao deixar um obreiro de responsabilidade de aprender esta lição, quanto mais cedo for ele despedido de suas responsabilidades tanto melhor será para ele e para a obra de Deus. A posição nunca dará santidade nem excelência de caráter. Quem honra a Deus e guarda os Seus mandamentos, é ele mesmo honrado. LC 22 3 A pergunta que cada um deve dirigir a si mesmo, com toda a humildade, é: "Estou eu habilitado para esta posição? Aprendi eu a manter-me no caminho do Senhor, a fazer justiça e juízo?" O exemplo terrestre do Salvador nos foi dado para que não andemos em nossa própria força, mas para que cada um se considere, como disse Salomão, "menino pequeno". 1 Reis 3:7. -- Testemunhos Seletos 3:429, 430. LC 22 4 Engano fatal -- Há na mente humana um engano muito temível e fatal. Porque homens estão em posição de confiança, ligados com a obra de Deus, exaltam-se na sua própria consideração e não discernem que outras pessoas, igualmente tão preciosas à vista de Deus como eles, são negligenciadas, tratadas com aspereza, magoadas, feridas e deixadas a morrer. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 356. LC 23 1 Caracteres preeminentes são alvos especiais de Satanás -- Davi sabia que seria necessário humildade de coração, confiança constante em Deus e incessante vigilância, para resistir às tentações que certamente assediariam Salomão em seu elevado cargo; pois que tais caracteres preeminentes são o alvo especial dos dardos de Satanás. -- Patriarcas e Profetas, 750, 751. LC 23 2 Cultivando humilde dependência -- Os homens a quem o Senhor chama para ocuparem em Sua obra cargos importantes devem cultivar humilde dependência dEle. Não devem buscar adotar demasiada autoridade; porque Deus não os chamou para dominarem, mas para estabelecerem planos e aconselharem-se com os coobreiros. Todo obreiro deve igualmente considerar-se sujeito aos reclamos e instruções de Deus. -- Testemunhos Seletos 3:418. ------------------------Capítulo 7 -- Integridade LC 24 1 O que a coragem moral custa a alguns homens -- Qualquer que tenha tido coragem -- coragem moral para chamar essas coisas pelo devido nome -- e que tenha se recusado cair na armadilha estendida para o incauto, que não tenha se deixado roubar sem protestar, não foi olhado com favor por aqueles de quem discordara. Membros de conselhos e comissões que não apoiariam a extorsão e a hipocrisia, mas que se posicionaram firmemente pelo que é correto, não foram convidados a estar presentes nas reuniões onde esses planos foram discutidos. -- Carta 4, 1896, p. 13, 15, 16, (1 de Julho de 1896, "Para Homens em Posições de Responsabilidade"). LC 24 2 O custo de negócios desonestos -- Que todos se lembrem de que negócios desonestos e divergências nunca servirão à causa para enriquecer as instituições de Deus. Pelas próprias providências, Deus leva embora o dinheiro ganho através de negócios desonestos. Através de práticas desonestas criam-se desunião e insatisfação. Surge falta de confiança. Há uma constante impressão de que alguém está tentando levar vantagem sobre outros nos negócios. Há aqueles que tentam elaborar condições que não são justas nem corretas porque pensam poder fazê-lo, e assim fazem. Que os princípios errôneos que têm sido introduzidos por muitos anos, sejam extirpados pela raiz. Que o amor fraternal prevaleça. Aqueles que pensam em obter ganhos para a causa por práticas desonestas e política mundana não glorificam a Deus. Ele não aceitará sequer um jota ou til de tais ofertas. Deus abomina todas essas demonstrações. -- Manuscrito 16, 1901, p. 14, (25 de Fevereiro de 1901, "Testemunho Para a Igreja de Battle Creek"). LC 24 3 A posição não faz o homem -- Mas a posição não faz o homem. É a integridade de caráter, o Espírito de Cristo, que o torna grato, nada interesseiro, sem parcialidade e sem hipocrisia; e, para Deus, isto é que tem valor. Àqueles cuja vida está escondida com Cristo em Deus, diz o Senhor: "Eis que nas palmas das Minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante Mim." Isaías 49:16. LC 25 1 Para todos os que estão em posição de responsabilidade tenho uma mensagem proferida pela boca do Senhor: o capítulo 55 de Isaías. Estudem esse capítulo e que nenhum ser humano considere estar acima de seus coobreiros por maiores responsabilidades estarem envolvidas em seu ramo de trabalho. Se ele for como Daniel e buscar a força que só pode vir de Deus, para poder representar não a si mesmo, não suas imperfeições nas práticas egoístas e fraudulentas, mas a verdade em justiça, não terá um vestígio de orgulho ou importância própria; mas será dominado pelo espírito da sabedoria de Deus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 356, 357. LC 25 2 Integridade preservada a qualquer custo -- Na parte de negócios que se ligam à obra de Deus, e na prática das coisas sagradas, nunca seremos demasiado cuidadosos no guardar-nos contra o espírito de irreverência; nunca, nem por um instante, deve a Palavra de Deus ser empregada de maneira fraudulenta, para levar adiante um ponto que estamos ansiosos de ver triunfar. A honra, a integridade e a verdade precisam ser preservadas, custe o que custar ao próprio eu. Todo nosso pensamento, palavra e ação deve ser submetido à vontade de Cristo. -- Obreiros Evangélicos, 447. LC 25 3 Reprovação a negócios secretos -- Não façam nada secretamente; sejam claros como o dia, verdadeiros com seus irmãos e irmãs, lidando com eles como desejam que Cristo lide com vocês. Se tivessem o Espírito de Cristo não notariam desfeitas e não dariam importância a supostas ofensas. -- The Review and Herald, 14 de Maio de 1895. LC 25 4 A integridade moral deve ser firme -- A obra de Deus requer homens de alto poder moral para empenhar-se em sua divulgação. Procuram-se homens cujo coração seja fortalecido com santo fervor, homens de firme propósito, que não sejam facilmente abalados, que possam renunciar a todo interesse egoísta e dar tudo pela cruz e a coroa. A causa da verdade presente está precisando de homens que sejam leais à retidão e ao dever, cuja integridade moral seja firme, e cuja energia seja comparável à generosidade da providência de Deus. Qualificações como estas são de maior valor do que riqueza incalculável investida na obra e causa de Deus. Energia, integridade moral e forte propósito pelo que é reto são qualidades que não podem ser supridas com qualquer quantia de ouro. Homens que possuem estas qualidades terão influência em toda parte. A vida deles é mais poderosa do que eloqüência sublime. Deus requer homens de sensibilidade, homens inteligentes, homens de integridade moral, os quais Ele possa fazer depositários de Sua verdade, e que representarão corretamente Seus sagrados princípios na vida diária. -- Testemunhos Para a Igreja 3:23. LC 26 1 Integridade inflexível -- Homem honesto, à maneira de Cristo julgar, é o que manifesta inflexível integridade. Pesos enganosos e balanças falsas, com os quais muitos buscam aumentar seus ganhos no mundo, são abominação à vista de Deus. Não obstante, muitos dos que professam guardar os mandamentos de Deus fazem uso de balanças e pesos falsos. Quando um homem se achar realmente ligado a Deus, e observando Sua lei em verdade, sua vida revelará este fato; pois todas as suas ações se encontrarão em harmonia com os ensinos de Cristo. Não venderá sua honra por lucro. Seus princípios são edificados sobre o firme fundamento, e sua conduta em assuntos temporais é um transcrito de seus princípios. A firme integridade brilha como o ouro entre o cascalho do mundo. Engano, falsidade e infidelidade podem ser dissimulados e ocultos dos olhos humanos, mas não dos olhos de Deus. Os anjos de Deus, que observam o desenvolvimento do caráter e pesam o valor moral, registram nos livros do Céu essas pequeninas transações reveladoras do caráter. Se um trabalhador for infiel nas ocupações diárias da vida, e negligenciar sua obra, o mundo não julgará incorretamente se avaliar a norma religiosa desse trabalhador segundo a que mantém nos negócios. -- Testemunhos Seletos 1:508. ------------------------Capítulo 8 -- Habilidade LC 27 1 Tranqüilidade e bom senso -- A causa de Deus encontra-se, neste tempo, em necessidade de homens e mulheres possuidores de raras qualidades e boas aptidões administrativas; homens e mulheres que observem paciente e inteiramente as necessidades da obra nos vários campos; que sejam dotados de grande capacidade de trabalho; que possuam coração fervoroso e bondoso, tranqüilidade, bom senso, juízo imparcial; que sejam santificados pelo Espírito de Deus, e possam dizer destemidamente Não, ou Sim, e Amém, aos planos propostos; que tenham fortes convicções, entendimento claro e coração puro e compassivo; que ponham em prática as palavras: "Todos vós sois irmãos" (Mateus 23:8); que se esforcem por erguer e restaurar a humanidade caída. -- Obreiros Evangélicos, 424, 425. LC 27 2 Inteligência e habilidade -- O homem que se acha na liderança de qualquer trabalho na causa de Deus deve ser inteligente, capaz de administrar grandes negócios com sucesso, de temperamento calmo, paciência semelhante à de Cristo, de perfeito domínio próprio. Somente aquele cujo coração é transformado pela graça de Cristo pode ser um líder adequado. -- Medicina e Salvação, 164. LC 27 3 Requer-se habilidade sólida -- Aqueles a quem foi confiada a administração dos distritos mais importantes devem possuir sólida habilidade. Devem ser homens que estejam aptos a assumir responsabilidades. Seria sábio que vários homens assumissem esse trabalho. Um único homem não deve ser deixado para vistoriar os campos importantes, porém negligenciados. Com os testemunhos diante deles, nossos pastores têm passado para o outro lado, para buscar lugares mais favoráveis, onde igrejas têm sido levantadas. Um trabalho indolente tem sido feito. -- Manuscrito 34, 1901, p. 3, (20 de Abril de 1901, "Nossos Obreiros Idosos"). ------------------------Capítulo 9 -- Inveja LC 28 1 Compaixão e oração por líderes opressores -- Não deixem que sentimentos invejosos se apoderem de seu coração por causa de atos incorretos daqueles que ocupam posições de confiança. Eles deverão ser julgados de acordo com os feitos realizados no corpo. Vocês devem apenas sentir compaixão e orar por eles. O Senhor conhece cada transação desonesta e os recompensará conforme seus atos. Orem com o coração, alma e voz: "Ó Senhor, impressiona mais profundamente meu coração e mente com os princípios de Tua santa lei, que é a transcrição de Teu caráter. Que eu compreenda, pela fé, o significado das promessas preciosas, extraordinárias e grandiosas, que eu não falhe em meu dever e trabalho, nem seja desencorajado, mas que haja perfeita santidade em Teu temor." -- Carta 178, 1899, p. 9, (6 de Novembro de 1899). LC 28 2 A inveja é filha do orgulho -- Embora Saul estivesse sempre alerta procurando uma oportunidade para destruir Davi, tinha receio dele, visto ser evidente que o Senhor estava com ele. O caráter irrepreensível de Davi suscitou a ira do rei; ele imaginava que a própria vida e presença de Davi lançavam opróbrio sobre ele, visto que contrastadamente apresentavam com desvantagem o seu caráter. Era a inveja o que infelicitava a Saul, e punha em risco o humilde súdito de seu trono. Que mal indescritível tem feito em nosso mundo este mau traço de caráter! A mesma inimizade que moveu o coração de Caim contra seu irmão Abel, porque as obras de Abel eram justas, e Deus o honrava, e as suas eram más, e o Senhor o não podia abençoar, essa mesma inimizade existiu no coração de Saul. A inveja é filha do orgulho, e, se é alimentada no coração, determinará o ódio, e finalmente a vingança e o assassínio. Satanás mostrou seu próprio caráter, incitando o furor de Saul contra aquele que nunca lhe fizera mal. -- Patriarcas e Profetas, 651. ------------------------Capítulo 10 -- Confiança LC 29 1 Líderes seguros -- Necessitamos de homens diligentes, dedicados para assumir o trabalho que deve ser levado avante no futuro. ... Não devemos considerar qualquer ser humano como confiável, a não ser que haja evidência de que está estabelecido na verdade da Palavra de Deus. LC 29 2 Alguns que têm sido líderes na obra do Senhor estão procurando anular o trabalho que Ele tem colocado no mundo para educar Seu povo e prepará-lo para suportar o teste dos poderes operadores de milagres que anulariam os preciosos fatos da fé que, nos últimos 60 anos, têm sido dados sob o poder do Espírito Santo. -- Carta 256, 1906, (1 de Agosto de 1906, "Servindo os Irmãos na Austrália"). LC 29 3 A causa sofre -- Quando enfraquecem a confiança do povo de Deus em seus líderes, vocês enfraquecem a causa de Deus. A mente das pessoas é deixada na incerteza. Elas não podem depender de nada. Não posso me empenhar na obra tornando proeminentes a fraqueza e os erros do povo de Deus. -- Carta 13, 1871, p. 5, (2 de Setembro de 1871, a Tiago White). LC 29 4 O povo perdeu a confiança -- É por trabalhar sobre princípios errôneos que se trouxe o presente constrangimento à causa de Deus. O povo perdeu a confiança naqueles que administram a obra. Contudo, ouvimos que a voz da Associação é a voz de Deus. Cada vez que ouço isso, penso que é quase uma blasfêmia. A voz da Associação deve ser a voz de Deus; mas não é, porque alguns ligados a ela não são homens de fé e oração, não possuem princípios elevados. Não buscam a Deus de todo o coração; não há consciência da terrível responsabilidade sobre aqueles que, nesta instituição, devem moldar e ajustar mentes à semelhança divina. -- Manuscrito 37, 1901, p. 8, (Abril de 1901, Palestra da Sra. White na Capela da Review acerca do trabalho no Sul). ------------------------Capítulo 11 -- Influência LC 30 1 Influência avaliada -- O Céu está observando para ver como os que ocupam posições de influência se desempenham de sua mordomia. O que se exige deles, nesse caráter de mordomos, é proporcional à influência que exercem. Em seu trato para com os homens, eles devem ser como pais -- justos, brandos, verdadeiros. Devem assemelhar-se a Cristo no caráter, unindo-se com os irmãos pelos mais estreitos laços de unidade e comunhão. -- Obreiros Evangélicos, 495. LC 30 2 Cada palavra falada, uma influência -- O temor de Deus, a compreensão de Sua bondade e santidade circularão em cada instituição. Uma atmosfera de amor e paz permearão cada departamento. Cada palavra proferida, cada trabalho desempenhado exercerá uma influência correspondente à influência do Céu. Cristo permanecerá na humanidade e a humanidade em Cristo. Não aparecerá, em todo o trabalho, o caráter do homem finito mas o caráter do Deus infinito. A divina influência comunicada por santos anjos impressionarão as mentes em contato com os obreiros e deles emanará uma fragrante influência para aqueles que quiserem absorvê-la. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1903. LC 30 3 Bênçãos das palavras agradáveis -- Oh, que poder um homem convertido pode exercer levando bênçãos e alegria aos que o rodeiam! Os que assumem responsabilidades nas instituições de Deus devem crescer em graça e conhecimento das coisas divinas. Sempre devem lembrar-se de que o dom da Palavra lhes foi confiado por Deus para ajudar a levar bênçãos a outros. Cumpre-lhes decidir se falarão palavras que honrarão a Cristo ou palavras que servirão de estorvo para os que as ouvirem. Oh, que bênção são palavras agradáveis, compassivas -- palavras que erguem e fortalecem! Ao responder a uma pergunta, não se deve fazer abruptamente, mas gentilmente. O coração do que pergunta pode estar extremamente angustiado por uma tristeza oculta que talvez não esteja revelada. Isto pode ser desconhecido; portanto, suas palavras devem ser sempre bondosas e compassivas. Por meio de palavras bem escolhidas e convenientes ele pode remover um pesado fardo da mente do companheiro. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1903. LC 31 1 Responsabilidade por aqueles que seguem seu exemplo -- Os líderes são responsáveis não apenas por seus próprios erros em virtude da não santificação, mas pelos erros daqueles que seguem seu exemplo. Quando reprovados por introduzirem princípios errôneos eles manifestam um espírito perverso, um espírito que não se corrigirá nem humilhará. -- Manuscrito 139, 1903, p. 14, (23 de Outubro de 1903, "A Mensagem em Apocalipse"). LC 31 2 Influência refletida nas pessoas -- Carecemos hoje de muitos Neemias na igreja -- não de homens capazes de pregar e orar apenas, mas de homens cujas orações e sermões sejam fundamentados em firme e sincero propósito. O procedimento seguido por esse patriota hebreu na realização de seus planos deve ser ainda adotado pelos pastores e dirigentes. Havendo eles delineado seus planos, devem expô-los perante a igreja de maneira que lhes atraia o interesse e a cooperação. Façam que o povo se interesse pessoalmente em sua prosperidade. O êxito que acompanhou os esforços de Neemias mostra o que podem realizar a oração, a fé e uma ação sábia e enérgica. A fé viva impele para a ação enérgica. O povo refletirá em alto grau o espírito manifestado pelo dirigente. Se os dirigentes, professando crer nas solenes e importantes verdades que devem provar o mundo hoje, não manifestam zelo ardente em preparar um povo que subsista no dia de Deus, podemos esperar que a igreja seja descuidada, indolente e amante dos prazeres. -- Serviço Cristão, 177. ------------------------Capítulo 12 -- Responsabilidade doméstica LC 32 1 Fidelidade no lar -- melhor líder do rebanho -- Rogo-lhe por amor a Cristo que elimine o espírito de aspereza e censura. Você precisa do terno amor de mãe. Precisa do amor de Cristo. Então saberá os critérios para censurar o erro. Terá para com esses cordeiros do rebanho um pouco da mesma paciência que Cristo tem para com você. Desse modo, Deus aceitará seus esforços pelos outros. Quando assumir fielmente as responsabilidades em sua própria casa, estará melhor preparado para assumir a responsabilidade de alimentar o rebanho de Deus e especialmente de manifestar o terno cuidado do Senhor pelas ovelhas do rebanho. LC 32 2 Procurarão vocês dois [ele e esposa] trazer a verdade para dentro do santuário da alma? Se levados a se relacionarem com seus filhos, exercitarão a caridade que é terna e longânima? Terão a mesma mansidão e gentileza de Cristo em seus esforços pela igreja? Vigiarão os próprios lábios de modo que não profiram nenhuma palavra de censura, mas apenas instruções bondosas? LC 32 3 Não coloquem sobre a pedra fundamental material perecível como madeira, palha ou restolho, que podem ser queimados; antes, coloquem ouro, prata e pedras preciosas que serão valiosos por todo o tempo e perdurarão pela eternidade. Vocês devem amar ao Senhor supremamente. Ele não pode aceitar um serviço apático, um trabalho desempenhado negligentemente. Sua maldição está sobre os que fazem a obra de Deus de modo fraudulento ou negligente. Vocês têm estado do lado perdedor. Não têm mantido sua lâmpada abastecida e acesa. Da maneira como estão agora, certamente não poderão ser em boas obras uma luz para o mundo. -- Carta 23, 1890, p. 9, (6 de Janeiro de 1890, ao irmão Stone). LC 32 4 Os líderes devem ser exemplos -- Todos os pais devem se esforçar por tornar sua família padrão de boas obras e perfeito cristianismo. Todavia, em um grau mais elevado, é esse o dever daqueles que ministram nas coisas sagradas e em quem o povo busca direção e instrução? Os ministros de Cristo devem ser exemplos para o rebanho. Aquele que falha no governo da própria casa, não está qualificado para conduzir a igreja de Deus. -- The S.D.A. Bible Commentary 2:1009. (Declaração, 10 de Novembro de 1881). ------------------------Capítulo 13 -- Individualidade LC 34 1 Os obreiros devem possuir individualidade -- Se possível fosse, eu libertaria sua mente dos enganos que se apossaram de você. Em seu trabalho, você assumiu muita responsabilidade. Devo dizer-lhe que não deve assumir o cargo de presidente de uma Associação se sente que deve moldar e ajustar a experiência de outros conforme suas próprias idéias. Sua conduta tem revelado falta de sábia percepção. Seu caráter necessita de reforma. LC 34 2 Eu o exorto agora diante de Deus a fazer um completo trabalho de arrependimento e reforma. Deve humilhar-se de tal forma diante de Deus, de modo que possa se tornar confiável para representar o caráter sagrado de Sua obra. Mas sua peculiaridade de disposição é tal que, se estiver no cargo, correrá sempre o perigo de dirigir arbitrariamente. Deus proíbe que um homem exerça controle arbitrário sobre a mente de seus irmãos. -- Carta 380, 1907, (11 de Novembro de 1907, ao presidente de uma associação local). LC 34 3 O perigo de olhar para os homens -- Uma grande crise está prestes a vir sobre nós. Se homens submetem-se a homens, como eles têm feito nos últimos quinze anos, perderão a própria alma e seu exemplo levará outros a se desviarem. Os soldados de Deus devem vestir-se de toda a armadura de Deus. Não se pede que vistamos armadura humana, mas que nos envolvamos com a força divina. Se mantivermos sempre a glória de Deus à nossa vista, nossos olhos serão ungidos com o colírio celestial. Seremos capazes de olhar mais profundamente e ver muito além o que o mundo é. À medida que discernimos sua desonestidade, sua astúcia, seu serviço egoísta, sua pretensão e sua jactância, sua falta de honestidade nas transações comuns da vida, sua ávida cobiça, podemos tomar nossa posição, por preceito e por exemplo, para representar a Cristo e converter pessoas do mundo através de nossos princípios sólidos, nossa inabalável integridade, nossa aversão a toda dissimulação, e nossa santa coragem em reconhecer a Cristo. -- Carta 4, 1896, p. 13, 15, 16 (1 de Julho de 1896, a homens em posições de responsabilidade). LC 35 1 Métodos individuais de trabalho -- Por outro lado, os guias dentre o povo de Deus devem precaver-se contra o perigo de condenar os métodos de obreiros que são pelo Senhor levados a fazer uma obra especial que só poucos estão habilitados a desempenhar. Sejam os irmãos, que estão em cargos de responsabilidade, cuidadosos no criticar maneiras de proceder que não estejam em perfeita harmonia com os seus métodos de trabalho. Não suponham jamais que cada plano deva refletir a sua própria personalidade. Não temam confiar nos métodos de outrem; pois recusando confiar num coobreiro que, com humildade e zelo consagrado está fazendo uma obra especial, na maneira por Deus designada, eles estão retardando o avanço da causa do Senhor. -- Testemunhos Seletos 3:407. LC 35 2 Visão e idéias abertas -- Tenho uma mensagem para transmitir àqueles que ocupam cargos de responsabilidade na Associação Sul da Califórnia. Perderam da própria experiência aquele verdadeiro fervor comunicado pela presença do Espírito Santo, e que os ensinaria a subjugar-se e a andar humildemente diante de Cristo. O obreiro responsável, que não se tornar um humilde seguidor de Cristo, provocará um grande dano à causa de Deus por moldar e ajustar a experiência da Associação de acordo com um padrão inferior, comum. A sagrada obra que empreendemos jamais depreciará a experiência de uma única alma, se a fizermos com espírito de consagração. LC 35 3 O homem que não tem visão e idéias abertas é inadequado para ser presidente de uma Associação ou um líder entre o povo de Deus. É dever e privilégio daqueles que assumem cargos de responsabilidade na obra se tornarem aprendizes na escola de Cristo. O professo seguidor de Cristo não deve seguir as inclinações da própria vontade; sua mente deve ser treinada para ter os mesmos pensamentos de Cristo e ser iluminada para compreender a vontade e o caminho do Senhor. Tal crente será um aprendiz dos métodos de trabalho de Cristo. -- Carta 276, 1907, p. 1, 2, (5 de Setembro de 1907, a J. A. Burden). ------------------------Capítulo 14 -- Autoridade LC 36 1 Um conselho de homens -- não apenas um homem -- Tem sido uma necessidade organizar Uniões para que a Associação Geral não governe sobre todas as associações separadamente. A Associação é investida de autoridade que não deve centralizar-se em um homem, ou dois, ou seis; deve haver um conselho de homens dirigindo as Divisões. LC 36 2 De acordo com o que tem sido mostrado no passado, a liderança da associação não está em harmonia com a ordem de Deus. Tem sido feito um trabalho de tal natureza que não tem sido aprovado por Deus. O resultado temos diante de nós, nas ruínas onde uma vez já houve uma grande casa publicadora [o edifício da Review and Herald em Battle Creek] com suas dispendiosas instalações. ... LC 36 3 Na obra de Deus, nenhuma autoridade real deve ser exercida por qualquer ser humano, nem por dois ou três. Como a Associação tem sido investida de autoridade nos últimos vinte anos, seus representantes não mais serão justificados ao dizer: "O templo do Senhor, o templo do Senhor somos nós." Homens em cargos de confiança não têm conduzido o trabalho do Senhor sabiamente. LC 36 4 O Senhor necessita de homens sábios para presidirem Seu trabalho e para serem pastores fiéis de Seu rebanho. -- Manuscrito 26, 1903, (3 de Abril de 1903, referente ao Trabalho da Associação Geral). LC 36 5 Uma "chave inglesa" nas rodas -- O sexto capítulo de Isaías contém uma profunda e importante lição para todos os obreiros de Deus. Estudem-na com humildade e sincera oração. O primeiro e segundo capítulos de Ezequiel também devem ser cuidadosamente estudados. As rodas dentro das rodas representadas neste símbolo são confusão aos olhos finitos; mas a mão de infinita sabedoria revelou-se entre as rodas. Perfeita ordem sai da confusão. Cada roda trabalha em seu lugar certo, em perfeita harmonia, com cada outra parte do maquinário. LC 36 6 Foi-me mostrado que os seres humanos desejam poder em demasia. Desejam controlar, e o Senhor Deus, o poderoso Obreiro, é deixado fora de seu trabalho. Os obreiros sentem-se qualificados para assumirem o lugar mais elevado. Que nenhum homem tente dirigir o trabalho que deve ser deixado nas mãos do grande EU SOU, e que está planejando, a Seu próprio modo, como o trabalho deve ser feito. Saibam que o Senhor é o instrutor de Seus servos e trabalhará através de quem Ele quiser. -- Manuscrito 143, 1899. LC 37 1 O uso correto da autoridade -- Desejo falar a meus irmãos que ocupam cargos de confiança. Como administradores de Deus vocês estão investidos da responsabilidade de agir em Seu lugar, como Sua mão ajudadora. LC 37 2 Aqueles que são colocados em posições de confiança devem ter autoridade de agir, todavia jamais deverão usar essa autoridade como um poder para rejeitar os desamparados. Ela nunca deve ser exercida para desencorajar uma pessoa que luta. Os que estão em posições de influência devem sempre lembrá-los de que devem ter a mente de Cristo, o qual, por criação e redenção, é o possuidor de todos os homens. -- Carta 7, 1901, (17 de Janeiro de 1901, Aos Irmãos que Ocupam Cargos de Confiança). LC 37 3 Lidando com homens semelhantes a nós mesmos -- Lembremo-nos todos de que não estamos lidando com homens ideais, mas com homens reais designados por Deus. Homens que são exatamente como nós mesmos, homens que caem nos mesmos erros em que nós caímos, homens com idênticas ambições e fraquezas. Nenhum homem foi feito um senhor, para governar a mente e consciência de um seu semelhante. Sejamos bem cuidadosos quanto à maneira com que lidamos com a herança de Deus comprada por sangue. LC 37 4 A nenhum homem foi designado o trabalho de ser governador de seus semelhantes. Todo homem tem de levar seu fardo. Pode falar palavras de encorajamento, de fé e de esperança aos seus companheiros de trabalho; pode ajudá-los a levar suas responsabilidades especiais, sugerindo-lhes métodos aperfeiçoados de trabalho; mas em caso algum deve ele desanimá-los e enfraquecê-los, para que o inimigo não obtenha vantagem sobre sua mente -- vantagem que a seu tempo reagiria sobre ele mesmo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 495. LC 38 1 Não censurar ou condenar -- Você não deve sequer permitir-se pensamentos indelicados em relação a seus irmãos, muito menos tomar o lugar de juiz e censurá-los e condená-los, quando você mesmo, em muitos aspectos, merece mais censura do que eles. Seu trabalho está sendo inspecionado por Deus. -- Carta 21, 1888, p. 10, 11, (14 de Outubro de 1888, ao irmão Butler). LC 38 2 O espírito de autoridade -- Em nossas várias vocações deve haver mútua dependência no auxílio de um para com o outro. Não se deve exercer o espírito de autoridade, nem mesmo o presidente de uma Associação, pois a posição não transforma o homem numa criatura que não possa errar. Todo obreiro a quem foi confiada a liderança de uma Associação deve trabalhar como Cristo trabalhou, levando Seu jugo e dEle aprendendo Sua mansidão e humildade. LC 38 3 O espírito e o procedimento do presidente da Associação, tanto em palavras como em atos, revelam se ele reconhece sua fraqueza e põe em Deus a sua confiança, ou se pensa que sua posição de influência deu-lhe superior sabedoria. Se ama e teme a Deus, se reconhece o valor das almas, se aprecia cada partícula do auxílio que o Senhor habilitou um irmão obreiro a prestar, será capaz de ligar coração a coração pelo amor que Cristo revelou durante o Seu ministério. Falará palavras de conforto aos doentes e aos tristes. Se não tem uma conduta perfeita, mas tem sempre em mente que um é o seu Mestre, a saber, Cristo, poderá dar conselhos aos inexperientes, animando-os a ser a mão ajudadora de Deus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 496. LC 38 4 Personalidade humana dada por Deus -- O poder dominador humano que está surgindo em nossas fileiras não tem a aprovação da Palavra. Satanás tem se infiltrado para levar homens a dependerem de homens e para fazer da carne seu braço. Fui instruída a dizer: Quebrem todo o jugo forjado pela invenção humana e atentem para a voz de Cristo: "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:29, 30. LC 39 1 O homem que, por ser presidente de uma Associação, ousa assumir a responsabilidade de dizer a seus coobreiros qual é o seu dever, está agindo erroneamente. A influência destruirá a personalidade que Deus deu aos homens e os colocará sob jurisdição humana. Tal administração está colocando um fundamento para descrença. Os homens que instruem seus semelhantes a buscar orientação em homens, estão realmente ensinando-lhes que quando forem ao Senhor para conselho e direção de Seu espírito, considerando seu dever, não deverão seguir esse conselho sem primeiro ir a certos homens para saber se é isso que devem fazer. Desse modo, desenvolve-se uma espécie de escravidão que trará apenas fraqueza e ineficiência à igreja de Deus. LC 39 2 Aqueles que trazem esse infeliz capítulo para as experiências de nossa obra e prontamente aceitam a idéia de que lhes foi dado o governo sobre a consciência de outros homens precisam compreender que cometeram um grave erro. Nunca se pretendeu dar-lhes, através de seu cargo, a responsabilidade que julgam possuir. O sinal de perigo deve agora ser erguido contra esse mal. Que os homens nunca, nunca consintam em manter uma posição que só Deus deve ocupar. -- Carta 344, 1907, p. 3, (1 de Outubro de 1907, a A. G. Daniells, G. A. Irwin e W. W. Prescott). LC 39 3 Esse tipo de administração deve mudar -- Deus o aconselhou a planejar os vários meios para operar e controlar a mente humana? Não, digo-lhe que não. O caso do irmão Littlejohn tem sido estranhamente mal administrado. Ele tem me apelado para que eu corrija as coisas, porém nada tenho feito em relação a isso; não era tempo. Sua conduta quanto ao tratamento dispensado a ele estava completamente errada. Esse tipo de atitude leva a assinatura do adversário das almas. Frank Belden está recebendo tratamento incorreto em relação a seu trabalho; é fogo estranho e não fogo aceso por Deus. Deve-se pôr um ponto final nesse tipo de administração ou o Senhor agirá de um modo que não será agradável àqueles que têm feito essa obra. Esses homens não agiram corretamente; precisavam de uma administração sensata, mas aqueles que tentavam orientá-los, eles mesmos precisavam ser orientados. LC 40 1 Sua orientação em relação ao Gospel Primer* encontrou a aprovação de Deus? Não; o princípio sobre o qual você agiu está errado. O serviço individual deve ser submetido a Deus e não ser controlado por um homem ou por um grupo de homens. Têm-se praticado ações que significam muito em seu trabalho. Um exemplo tem sido dado por homens que estão servindo onde não deveriam estar, que estão fermentando suas Associações. Os presidentes de Associações estão imbuídos de um espírito dominador, exigindo submissão de homens ao seu julgamento; caso alguém recuse, a conduta adotada para com ele é tal que enche o Céu de indignação. LC 40 2 Como Deus pode impressionar as igrejas para contribuir com seus recursos adquiridos com dificuldade para serem administrados por homens egoístas, auto-suficientes e tão arrogantes e autoritários que atraem sobre si o desagrado de Deus? Nossas instituições necessitam de purificação assim como o templo quando Cristo esteve na Terra. O homem governa sobre a consciência dos homens, o homem dita as regras para seus semelhantes como se fosse Deus. Em todos os lugares, através do campo, esse espírito está fermentando corações com os mesmos propósitos mesquinhos e egoístas. A reação deve vir e quem então colocará as coisas em ordem? Jesus disse: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Mateus 16:24. -- Carta 65, 1895, p. 7, 8, (19 de Junho de 1895). LC 40 3 O presidente dá o exemplo -- Você se refere a seu cargo de presidente da Associação Geral como se isso justificasse seu comportamento que julga totalmente correto, mas que, pela luz que o Senhor me tem mostrado, penso estar errado em alguns aspectos. Pelo fato de você assumir um cargo de responsabilidade, anseio apresentar-lhe a razão por que deve mostrar um espírito cortês e paciente, semelhante ao de Cristo, em todos os momentos e sob quaisquer circunstâncias. Seus irmãos de ministério que respeitam você e seu cargo estarão prontos a seguir seu exemplo no tratamento de tais casos. Você deve ser um exemplo a seus irmãos, digno de imitação. Suas palavras, seu espírito, sua conduta, até mesmo o modo como trata seus irmãos estão lançando sementes para o bem ou para o mal. É seu privilégio e dever, especialmente em seu cargo de confiança, possuir a mente semelhante à de Deus; desse modo será forte em Sua força e manso e humilde como uma criancinha. LC 41 1 Apegue-se firmemente à sua Bíblia, pois suas sagradas verdades podem purificar, enobrecer e santificar a alma. Você deve defender a verdade e ensiná-la tal como é em Jesus, do contrário ela não será de valor algum para você. Perante a luz das verdades divinas permita que as opiniões, idéias e sabedoria humanas apareçam como são à vista de Deus -- como loucura. Que nenhum homem sinta que sua posição como presidente da Associação Geral ou da Associação de um Estado lhe confere poder sobre a consciência de outros, ainda que seja opressivo em mínimo grau, pois Deus não aprovará coisa alguma desse tipo. Ele deve respeitar os direitos de todos, principalmente porque está em uma posição em que outros o imitarão. LC 41 2 Sua posição compromete-o às mais sagradas obrigações de ser muito cuidadoso com o tipo de espírito que nutre com relação a seus irmãos. Eles estão desempenhando uma parte na causa de Deus assim como você. Porventura Deus não lhes ensinará e guiará assim como a você? Você não deve permitir-se pensamentos indelicados em relação a eles, muito menos tomar o lugar de juiz e censurá-los e condená-los, quando você mesmo, em muitos aspectos, merece mais censura do que eles. Seu trabalho está sendo inspecionado por Deus. -- Boletim 21, 1888, págs. 10 e 11 (14 de Outubro de 1888, ao irmão Butler). ------------------------Capítulo 15 -- Ditadura LC 42 1 Os resultados do domínio -- Os santos princípios dados por Deus são apresentados como sendo fogo sagrado, mas o fogo comum é usado em lugar do sagrado. Planos contrários à verdade e à justiça são introduzidos de maneira sutil, sob a alegação de que isto deve ser feito e precisa ser feito, porque é para o avanço da causa de Deus. Mas são as invenções dos homens que levam à opressão, injustiça e impiedade. A causa de Deus está livre de toda mancha de injustiça. Não pode ela obter vantagem roubando aos membros da família de Deus sua individualidade ou seus direitos. Todas essas práticas são aborrecíveis a Deus. ... LC 42 2 O poder despótico que se tem desenvolvido, como se a posição tivesse feito dos homens deuses, faz-me temer e deve causar temor. É uma maldição onde quer e por quem quer que seja exercido. Esse domínio sobre a herança de Deus criará tal desagrado da jurisdição humana que resultará em um estado de insubordinação. O povo está aprendendo que não se pode confiar aos homens que detêm elevadas posições de responsabilidade o formar e moldar o espírito e o caráter de outros homens. O resultado será a perda da confiança até mesmo na liderança de homens fiéis. ... LC 42 3 O espírito de domínio está se estendendo até aos presidentes de nossas Associações. Se um homem ansioso de exercer seus próprios poderes procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e ele perca a própria alma e ponha em perigo a alma de outros. "Todos vós sois irmãos." Mateus 23:8. LC 42 4 A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. Os que têm autoridade devem manifestar o espírito de Cristo. Devem lidar como Ele lidaria com cada caso que requer atenção. Devem ir possuídos do Espírito Santo. A posição de um homem não o torna um jota ou um til maior à vista de Deus; é só o caráter que Deus toma em consideração. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 359-362. LC 43 1 Como as rodas do progresso são travadas -- Se fosse possível, o inimigo travaria as rodas do progresso e impediria que as verdades do evangelho circulassem por toda a parte. Com esse objetivo, ele leva os homens a sentirem que é seu privilégio controlar a consciência de seus semelhantes de acordo com suas próprias idéias pervertidas. Eles dispensam o Espírito Santo de seus conselhos, e então, sob o poder e nome da Associação Geral, inventam regulamentos através dos quais compelem os homens a serem governados pelas idéias deles e não pelo Espírito Santo. ... LC 43 2 É necessário uma educação acerca de direitos e deveres de homens investidos de autoridade que têm dominado sobre a herança do Senhor. Quando um homem é colocado em um cargo de confiança, o qual não sabe que tipo de espírito deve ter ao lidar com mentes humanas, ele precisa aprender muito bem como exercer autoridade sobre seus semelhantes. Princípios retos devem ser introduzidos no coração e trabalhados na urdidura e textura do caráter. -- Carta 83, 1896, (22 de Maio de 1896, a O. A. Olsen). LC 43 3 Satanás assalta ferozmente homens de responsabilidade -- Observando cuidadosamente cada diretriz que o Senhor especificou em relação à armadura cristã, vocês andarão diante dEle suavemente e trabalharão discretamente. Não carregarão consigo nenhum jugo para vincular homens a seus planos, nem tentarão transformar os obreiros do Senhor receptivos a qualquer mente finita. As máximas e preceitos de homens não devem controlar Seus obreiros. Que nenhum homem seja colocado em posição onde possa dominar sobre a herança do Senhor, pois isso põe em risco tanto a alma do que domina como a daqueles que estão sob seu domínio. -- Manuscrito 140, 1902, (6 de Novembro de 1902, Princípios Para Orientação de Homens que Estão em Posição de Responsabilidade). LC 43 4 Não comandar -- Não deve haver comando entre os servos do Senhor. Nenhum jugo deve ser posto no pescoço da herança de Deus comprada com sangue. Deve-se quebrar todo jugo. Homens e mulheres são mais preciosos aos olhos do Senhor do que a mente humana pode avaliar. Cristo compreende seu valor, pois Ele sacrificou-Se por sua redenção. Somos Sua propriedade, a aquisição de Seu sangue. Não prestem obediência a qualquer poder ou controle humanos. "Não sois de vós mesmos; porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." 1 Coríntios 6:19, 20. -- Manuscrito 140, 1902, (Princípios Para Orientação de Homens que Estão em Posição de Responsabilidade). LC 44 1 A idéia elevada de posição perigosa -- Às vezes um homem que foi colocado em posição de responsabilidade, como líder, concebe a idéia de que está numa posição de suprema autoridade, e que todos os seus irmãos, antes de fazerem qualquer movimento de avanço, devem primeiro dirigir-se a ele pedindo permissão para fazer aquilo que eles sentem que se deve fazer. Tal homem está numa posição perigosa. Perdeu de vista a obra do verdadeiro Líder do povo de Deus. Em vez de agir como sábio conselheiro, assume as prerrogativas de um governante exigente. Deus é desonrado em toda a exibição de autoridade e exaltação própria dessa natureza. Nenhum homem que está em sua própria força deve jamais ser mente e juízo para outro homem que Deus está usando em Sua obra. Ninguém deve estabelecer regras e regulamentos feitos pelo homem para governar arbitrariamente seus colaboradores que têm uma viva experiência na verdade. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 491, 492. LC 44 2 Liderança não é domínio -- Homem algum deve colocar-se como ditador, como um senhor sobre seus semelhantes, para agir de acordo com seus impulsos naturais. Jamais deve permitir-se que a voz e a influência de um só homem se tornem um poder dominante. ... LC 44 3 Estou instruída pelo Senhor a dizer que a posição jamais comunica ao homem graça, nem o torna justo. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. Alguns homens aos quais se confiaram posições de responsabilidade alimentam a idéia de que a posição é favorável ao engrandecimento do eu. -- Medicina e Salvação, 165. LC 45 1 Não para julgar ou governar -- É obra perigosa investir homens de autoridade para julgar ou governar seus semelhantes. Nem você nem qualquer outro homem recebeu poder para controlar as ações do povo de Deus, e os esforços para isso não devem mais prosseguir. ... Deus tem sido desonrado pelos ensinamentos ministrados nas igrejas no Sul da Califórnia ao olharem para um homem como se fosse consciência e juízo para elas. Deus jamais autorizou qualquer homem a exercer poder dominador sobre seus coobreiros; e aqueles que se permitiram um espírito ditador em seu trabalho oficial precisam experimentar o poder transformador de Deus sobre seu coração. Colocaram o homem onde Deus deve estar. -- Carta 290, 1907, p. 2, 3, (29 de Agosto de 1907). LC 45 2 O presidente da associação e a autoridade -- É um erro para uma Associação eleger como presidente alguém que considere que seu cargo lhe colocará poderes ilimitados nas mãos. O Senhor instruiu-me a dizer-lhe que você não sabe quando usar autoridade e quando deve deixar de usá-la insensatamente. Tem muito o que aprender antes de fazer sabiamente o trabalho de presidente de uma Associação. Deve ter em mente que na causa de Deus há um Diretor principal, cujo poder e sabedoria está acima da mente humana. LC 45 3 O Senhor nada tem a ver com os métodos de trabalho em que se permitem a homens finitos dominar sobre seus semelhantes. Ele apela para que uma decisiva mudança seja feita. A voz de comando não mais deve ser ouvida. O Senhor tem, entre Seus obreiros, homens humildes e discretos; deve-se escolher entre estes, homens que conduzirão a obra no temor do Senhor. LC 45 4 Seria bom se o irmão Cottrell e pelo menos um outro obreiro de larga experiência fossem chamados para consultarem-se mutuamente e considerarem seus planos que afetam a obra médica. É desígnio de Deus que Seus servos assumam as responsabilidades dessa associação em um espírito de humildade e dependência dEle. -- Carta 290, 1907, p. 2, 3, (29 de Agosto de 1907, a George W. Reaser). LC 45 5 Deus não aprovará planos para oprimir homens -- Deus não justificará qualquer estratégia pela qual o homem, ainda que seja no mínimo grau, domine ou oprima os seus semelhantes. A única esperança do homem caído é olhar para Jesus e recebê-Lo como o único Salvador. Logo que um homem comece a fazer uma regra de ferro para os outros homens, logo que comece a insistir e a impelir os homens segundo a sua própria vontade, desonra a Deus e põe em perigo sua própria alma e a de seus irmãos. O homem pecaminoso só pode encontrar esperança e justiça em Deus; e nenhum ser humano é justo além do tempo em que tem fé em Deus e com Ele mantém vital ligação. A flor do campo precisa ter a sua raiz no solo; deve ter ar, orvalho, chuva e luz do sol. Só florescerá se receber essas vantagens, e todas elas vêm de Deus. O mesmo se dá com o homem. Recebemos de Deus aquilo que contribui para a vida da alma. Somos advertidos a não confiar no homem, nem a fazer da carne o nosso braço. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 366, 367. LC 46 1 O presidente da Associação -- Por muitas vezes tenho repetido a advertência: Não coloquem jamais como presidente de uma Associação um homem que supõe que tal posição lhe conferirá poder para dominar e controlar a consciência de outros. É natural para o homem ter grande estima por si mesmo. Os velhos hábitos lutam pela supremacia; entretanto, um homem que ocupa um cargo de confiança não deve glorificar a si mesmo. LC 46 2 O obreiro que, diariamente, subordina sua vontade à de Cristo não admitirá tal idéia. Ele praticará as virtudes do caráter de Cristo em toda mansidão e humildade de espírito; e isso dará àqueles a quem se supõem serem beneficiados por sua administração a preciosa liberdade dos filhos de Deus. Serão livres para usufruir a graça concedida a eles para que todos compreendam os preciosos privilégios que os santos possuem como membros do corpo de Cristo. LC 46 3 Aquele que está incumbido de sagradas responsabilidades deve sempre demonstrar a mansidão e sabedoria de Cristo; pois é assim que ele se torna representante do caráter e dos métodos de Cristo. Jamais deve ele usurpar autoridade, comandar ou ameaçar dizendo: "A menos que você faça o que eu digo, não receberá pagamento da Associação." Um homem que profere tais palavras é indigno de ocupar o cargo de presidente de uma Associação. Ele tornaria os homens escravos sob seu juízo. -- Carta 416, 1907, p. 5, 6, (30 de Dezembro de 1907, a A. G. Daniells e W. C. White). LC 47 1 Remover o ditador -- O espírito de domínio está se estendendo até aos presidentes de nossas Associações. Se um homem ansioso de exercer seus próprios poderes procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e ele perca sua própria alma e ponha em perigo a alma de outros. "Todos vós sois irmãos." Mateus 23:8. A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. Os que têm autoridade devem manifestar o espírito de Cristo. Devem lidar como Ele lidaria com cada caso que requer atenção. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 362. ------------------------Capítulo 16 -- Não controlar a mente de outras pessoas LC 48 1 Revelar o amor de Deus -- Vocês não devem empenhar-se em moldar as pessoas de acordo com suas próprias idéias, inclinações e práticas. Através de vida consagrada e altruísta, através do poder do Espírito Santo trabalhando em nossa mente, devemos revelar, não nossos próprios caminhos e vontade, mas o poder do amor dAquele que deu a Si mesmo por nós para que pudéssemos remover nossos próprios traços de caráter e moldá-lo à perfeição do caráter de Cristo. Ele morreu para que pudéssemos cultivar os atributos de Seu caráter, e elevar, purificar e alegrar o coração e vida de outros. -- Carta 2, 1898, p. 1, 2, (17 de Março de 1898, aos Líderes em Nossas Igrejas). LC 48 2 Sensíveis e compassivos -- Melhor, muito melhor, seria que alguns homens cultivassem o solo invés de lidar com mentes humanas, pois não são sensíveis nem compassivos. Aqueles que desejam fazer a melhor e mais elevada obra para Jesus Cristo devem copiar o Modelo em todas as suas associações nos negócios e nas coisas espirituais. Deus não vê como vê o homem, o resultado disso é dureza de coração de uns para com os outros, e isso O ofende e desonra Seu santo nome. -- Carta 16d, 1892, p. 3, (7 de Maio de 1892, ao irmão Haskell). LC 48 3 Moldando a mente de outros homens -- Como me dói o coração ao ver presidentes de Associações darem-se ao trabalho de escolher aqueles que eles julgam poderem moldar para com eles trabalhar no campo! Pegam os que deles não divergirão, que agirão como meras máquinas. Nenhum presidente tem qualquer direito de fazer isso. Deixem que os outros planejem; e se em algumas coisas falharem, não tomem isso como evidência de que não estão habilitados para pensar. Os nossos homens de maior responsabilidade tiveram de aprender a usar seu discernimento por meio de uma longa disciplina. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 304. LC 49 1 Deus está disposto a ensinar -- A idéia de que o discernimento e a mente de um homem pode moldar e dirigir importantes interesses, e que ele deva ser considerado uma voz para as pessoas, é um grande mal e arrisca e continua a arriscar aquele que é colocado em posição de responsabilidade e aqueles que cooperam com ele. Deus não deu toda a sabedoria a um único homem e a sabedoria não morrerá com ele. Os que assumiram cargos de responsabilidade devem modestamente considerar as opiniões de outros como dignas de respeito e considerá-las tão corretas como as suas. Devem lembrar-se de que Deus justificou e valorizou outros homens assim como a eles, e que Deus está disposto a ensinar e guiar esses homens. -- Manuscrito 55, 1897, (3 de Junho de 1897, Desenvolvimento de Obreiros). LC 49 2 Creditar a outros alguma percepção -- Tem-me sido mostrado haver uma prática que os que estão em lugares de responsabilidade devem evitar, pois é prejudicial à obra de Deus. Não devem os homens que estão em posição dominar a herança de Deus e comandar tudo o que os rodeia. Muitíssimos têm estabelecido determinada linha que desejam que os outros sigam no trabalho. Obreiros têm procurado fazer isso com fé cega, sem exercerem seu próprio juízo no assunto que têm em mão. Se os que foram colocados como diretores não estivessem presentes, teriam seguido da mesma forma sua implícita orientação. Mas, em nome de Cristo, eu lhes suplico que cessem tal obra. Dêem aos homens a oportunidade de exercer individualmente seu juízo. LC 49 3 Os homens que seguem a orientação de outro, e permitem que outro pense por eles, não estão preparados para que lhes sejam confiadas responsabilidades. Nossos dirigentes são negligentes nessa questão. Deus não tem dado a algumas pessoas especiais todo o poder mental que há no mundo. LC 49 4 Os homens que estão em posição de responsabilidade devem creditar a outros alguma percepção, alguma capacidade de juízo e previsão; e considerá-los capazes de fazer a obra entregue nas suas mãos. Nossos irmãos na liderança têm cometido um grande erro ao indicar todas as direções que os obreiros devem seguir, e isso tem resultado em deficiência, na falta de um senso de responsabilidade no obreiro, porque eles têm confiado que outros farão todos os planos para eles, e eles mesmos não assumem nenhuma responsabilidade. Saíssem de nossas fileiras ou morressem os homens que sobre si têm tomado essa responsabilidade, e que estado de coisas se verificaria em nossas instituições! LC 50 1 Devem os dirigentes dar responsabilidades aos outros e permitir-lhes tempo para planejar, delinear e pôr em execução, para poderem obter experiência. Dêem-lhes uma palavra de conselho, se necessário, mas não tirem deles o trabalho porque pensam que os irmãos estão cometendo erros. Que Deus Se compadeça da causa, quando a mente de um homem e os planos de um homem são seguidos sem questionar. Deus não seria honrado caso existisse um tal estado de coisas. LC 50 2 Devem os nossos obreiros ter a oportunidade de exercer seu próprio juízo e discrição. Deus tem dado aos homens talentos que Ele quer que usem. Tem-lhes dado uma mente, e tem em vista que se tornem pensadores, pensem e planejem por si mesmos, em vez de dependerem de que outros pensem e planejem por eles. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 301, 302. LC 50 3 A posição não confere autoridade para dominar -- Todo ramo da obra de Deus deve ser reconhecido. "E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo." Efésios 4:11, 12. Esse texto mostra que deve haver diferentes obreiros, instrumentos diversos. Cada um tem uma obra distinta. De ninguém é requerido que assuma o trabalho de outro e tente realizá-lo, embora desqualificado. Deus tem atribuído a cada um de acordo com sua habilidade. Um homem pode imaginar que sua posição lhe confere autoridade para ditar o trabalho de outros, mas não é assim. Ignorante a respeito do trabalho daqueles, ele procurará ampliar onde deveria restringir, e restringir onde deveria ampliar, pois consegue ver apenas aquela parte da vinha na qual está trabalhando. -- Testemunhos Para a Igreja 8:170, 171. ------------------------Capítulo 17 -- Liderança e discernimento LC 51 1 O egoísmo perverte o discernimento -- É o egoísmo também que desperta nos obreiros o sentimento de que seu discernimento é mais digno de confiança e seus métodos de trabalho são os melhores, ou que é seu privilégio de alguma forma subjugar a consciência de outros. Tal era o espírito dos líderes judeus nos dias de Cristo. Em sua exaltação própria, os sacerdotes e rabinos apresentavam normas tão rígidas, e tantas formalidades e cerimônias para desviar de Deus a mente do povo, que não Lhe davam oportunidade para atuar em favor deles. Desse modo, perderam de vista o amor e misericórdia divinos. Meus irmãos, não sigam pelo mesmo caminho. Permitam que a mente do povo se volte para Deus. Dêem-Lhe a oportunidade de trabalhar por aqueles que O amam. Não imponham sobre o povo normas e regulamentos que, se forem seguidos, o deixariam tão destituído do Espírito de Deus assim como as colinas de Gilboa de orvalho e chuva. -- Testemunhos Para a Igreja 5:727. LC 51 2 Juízo apressado -- resultados desastrosos -- Neste tempo, mais que em todos os outros, juízos apressados, opiniões formadas negligentemente, sem suficiente prova, podem levar aos mais desastrosos resultados. Quando seguirmos de causa para efeito, verificaremos que se tem assim provocado um dano que, em alguns casos, jamais pode ser remediado. Oh, que sabedoria e finas percepções espirituais são necessárias no dar alimento ao rebanho de Deus, para que esse alimento seja forragem pura, inteiramente joeirada! Os traços de caráter naturais, hereditários, necessitam freio firme, do contrário o fervoroso zelo, os bons propósitos, tenderão para o mal, e o excesso de sentimento produzirá sobre os corações humanos tais impressões que eles serão arrebatados pelo impulso e permitirão que as impressões se tornem seu guia. -- Mensagens Escolhidas 2:93. LC 52 1 Líderes com discernimento limitado -- Freqüentemente fico muito desapontada quando vejo nossos dirigentes assumindo posições extremas, e se afligindo com questões que não deviam ser consideradas nem causar preocupação, mas deixadas nas mãos de Deus, para que Ele as ajuste. Ainda estamos no mundo e Deus reserva para nós um lugar em ligação com o mundo, e atua pela Sua própria mão direita para preparar o caminho diante de nós, a fim de que Sua obra possa progredir em todos os seus vários ramos. A verdade deve ter um lugar de destaque, e a norma da verdade deve ser levantada em muitos lugares, em regiões distantes. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 201. ------------------------Capítulo 18 -- Liderança feminina LC 53 1 A sociedade tem direitos sobre a mulher -- É direito da mulher atender aos interesses do marido, ter a seu cargo o cuidado do seu vestuário, e procurar torná-lo feliz. É seu direito progredir na mente e maneiras, ser social, alegre e feliz, derramando alegria em seu lar e dessa forma tornando-o um pequeno Céu. E pode ter interesse por algo mais que "mim e meu". Ela deve considerar que a sociedade tem direitos sobre ela. -- Beneficência Social, 158, 159. LC 53 2 Necessitam-se mulheres cristãs -- Necessitam-se mulheres cristãs. Há um vasto campo onde elas podem fazer um bom trabalho para o Mestre. Há mulheres nobres, que têm tido a coragem moral de decidir em favor da verdade manifestada no peso da evidência. Elas têm tato, percepção e boa habilidade, e podem tornar-se obreiras cristãs bem-sucedidas. -- Beneficência Social, 150. LC 53 3 Aproveitando talentos -- Nossas irmãs... não são deficientes em habilidade, e caso empregassem na devida maneira os talentos que já possuem, sua eficiência seria grandemente aumentada. -- Testemunhos Para a Igreja 4:629, 630. ------------------------Capítulo 19 -- O líder e o espírito de profecia LC 54 1 Limitando o Espírito de Profecia -- Os que buscam tornar o meu trabalho duplamente difícil por suas falsas declarações, invejosas suspeitas e incredulidade, assim criando preconceito na mente de outros contra os Testemunhos que Deus me tem dado, e limitado o meu trabalho, têm que acertar esta questão com Deus, enquanto eu avançarei segundo a providência e meus irmãos abram o caminho perante mim. No nome e na força de meu Redentor eu farei o que posso. Advertirei, aconselharei, reprovarei e encorajarei, segundo o Espírito de Deus ordena, quer os homens ouçam ou deixem de ouvir. Meu dever não é satisfazer-me, mas realizar a vontade de meu Pai celestial, que me tem dado este trabalho. -- Testemunhos Para a Igreja 4:232. LC 54 2 Palavras desafiadoras acerca do instrumento de Deus -- Muitos atualmente desprezam a fiel reprovação que Deus lhes envia pelos testemunhos. Foi-me mostrado que alguns chegaram mesmo ao ponto de queimar as palavras escritas de reprovação e advertência, como fez o ímpio rei de Israel. Mas a oposição às ameaças de Deus não impede que elas se cumpram. Desprezar as palavras do Senhor, transmitidas por Seus instrumentos escolhidos, só Lhe provocará a ira, causando finalmente a ruína certa aos ofensores. A indignação freqüentemente se acende no coração dos pecadores contra o agente que Deus escolheu para transmitir Suas reprovações. Isto em todo o tempo foi assim, e existe hoje o mesmo espírito que perseguiu e encarcerou Jeremias por obedecer à Palavra do Senhor. -- Testemunhos Para a Igreja 4:180. ------------------------Capítulo 20 -- O líder e o trabalho LC 55 1 O resultado da indolência é o fracasso -- Muitos têm fracassado, fracassado de maneira notável, onde poderiam haver tido sucesso. Não sentiram a responsabilidade da obra; têm levado as coisas tão comodamente, como se tivessem um milênio em que trabalhar pela salvação das pessoas. Por causa dessa falta de dedicação e zelo, poucos teriam a impressão de que realmente falavam sério. -- Testemunhos Para a Igreja 4:413. LC 55 2 A indolência de alguns pune os diligentes -- Deus não considerará como algo sem importância a negligência do fiel desempenho no trabalho que deixou a Seus servos. Está faltando em muitos que trabalham no ministério, duradouro vigor e constante confiança em Deus. O resultado desta falta acarreta grandes responsabilidades sobre os poucos que possuem essas qualidades, e eles são convocados a suprir as deficiências tão evidentes naqueles que poderiam ser trabalhadores capazes se desejassem. -- Testemunhos Para a Igreja 2:502. LC 55 3 Os que desejam pouco trabalho -- Os que desejam apenas uma quantidade determinada de trabalho e um salário fixo, e que procuram encontrar uma atividade exatamente adaptada às suas aptidões, sem a necessidade de se preocupar em adquirir novos conhecimentos e em aperfeiçoar-se, não são os que Deus chama a trabalhar em Sua causa. Os que procuram dar o menos possível de suas forças físicas, espirituais e morais não são os trabalhadores sobre quem derramará abundantes bênçãos. Seu exemplo é contagioso. O interesse próprio é seu móvel supremo. Os que necessitam ser vigiados e trabalham apenas quando cada dever lhes é especificado não pertencem ao número dos que serão chamados bons e fiéis. Precisam-se obreiros que manifestem energia, integridade, diligência, e que estejam prontos a colaborar no que seja necessário que façam. -- Obreiros Evangélicos, 291, 292. ------------------------Capítulo 21 -- A administração do tempo LC 56 1 Não valorizam o tempo -- Alguns poderiam ter se tornado obreiros completos se houvessem feito bom uso de seu tempo, sentindo que teriam contas a prestar a Deus por seus momentos desperdiçados. Eles têm desagradado ao Senhor porque não foram industriosos. Satisfação própria, amor-próprio, apego egoísta à comodidade têm afastado alguns do bem, impedindo-os de obter um conhecimento das Escrituras que os habilitaria plenamente à prática de boas obras. Alguns não apreciam o valor do tempo e perdem na cama as horas que poderiam ter sido empregadas no estudo da Bíblia. -- Testemunhos Para a Igreja 2:499. LC 56 2 Planejando o uso do tempo -- É o dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza. Não há desculpa para a morosidade e imperfeição em trabalho de qualquer natureza. Quando alguém está sempre trabalhando, e a tarefa nunca está concluída, é porque a mente e o coração não estão na obra. Os vagarosos, e que trabalham sem o competente preparo, deveriam reconhecer que essas são faltas para serem corrigidas. Precisam exercitar a mente em planejar como utilizar o tempo para alcançar os melhores resultados. Com tino e método, alguns conseguirão em cinco horas o mesmo trabalho que outros em dez. Muitos que são encarregados de tarefas domésticas estão sempre labutando, não porque tenham tanto para fazer, mas por não planejarem como poupar tempo. Por causa de suas maneiras morosas e lerdas fazem do pouco trabalho muito. Mas todos quantos quiserem podem vencer esses hábitos falhos e lentos. Devem ter um alvo definido em sua ocupação. Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-lo no dado tempo. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais ágeis. -- Parábolas de Jesus, 344. LC 57 1 Pessoas que desperdiçam tempo -- Deus levará em conta -- Requer-se de todo homem que faça a obra a ele designada por Deus. Devemos ser voluntários para prestar pequenos serviços, fazendo as coisas que devem ser feitas, que alguém precisa fazer, aproveitando as pequenas oportunidades. Caso sejam esses os únicos ensejos, devemos ainda trabalhar fielmente. Aquele que perde horas, dias e semanas porque não está disposto a fazer o trabalho que se oferece, por humilde que seja, será chamado a prestar contas a Deus por seu tempo mal-empregado. -- Mensagens Escolhidas 2:181. LC 57 2 Memorando de responsabilidades -- distribuição das mesmas -- É bom, o quanto possível, considerar o que deve ser feito durante o dia. Façam um apontamento dos vários deveres que requerem sua atenção e designem uma parte do tempo para o cumprimento de cada dever. Tudo seja feito com esmero, asseio e rapidez. ... LC 57 3 Fixem-se uns tantos minutos para fazer o trabalho, e não se detenham a ler jornais e livros que os atraiam a vista, mas digam a vocês mesmos: "Não, tenho tantos minutos apenas para fazer meu trabalho, e devo realizar a tarefa em determinado tempo." ... Os que são naturalmente vagarosos nos movimentos tornem-se ativos, rápidos, enérgicos, lembrando-se das palavras do apóstolo: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:11. ... LC 57 4 Se vocês se acham sob o domínio de movimentos vagarosos, demorados, se têm hábitos morosos, tornarão longa uma tarefa curta; é o dever dos que são lentos reformarem-se e tornarem-se mais ágeis. Caso queiram, podem vencer os hábitos lentos, que levam ao fracasso. ... LC 57 5 Os esforços diligentes, perseverantes, pô-los-ão em situação vantajosa, de vitória; pois aquele que se esforça na graça e pela graça de Cristo, terá iluminação divina e compreenderá quão grandes verdades se podem introduzir em pequeninas coisas, e como a religião pode ser aplicada nos pequenos como nos grandes interesses da vida. -- Filhos e Filhas de Deus, 114. LC 58 1 Jamais se deveria desperdiçar uma única hora -- Os homens de Deus precisam ser diligentes no estudo, zelosos na aquisição de conhecimentos, nunca desperdiçando uma hora. Mediante esforços perseverantes, podem atingir quase qualquer grau de eminência como cristãos, como homens de poder e influência. Muitos, porém, nunca alcançarão distinção superior no púlpito ou nos negócios, devido a sua instabilidade de propósito e à frouxidão dos hábitos contraídos na juventude. -- Testemunhos Para a Igreja 4:411. ------------------------Capítulo 22 -- A importância da descentralização LC 59 1 Responsabilidades distribuídas entre diferentes homens competentes -- Deus não estabeleceu entre os Adventistas do Sétimo Dia nenhuma autoridade suprema para dirigir toda a corporação, ou qualquer seção da obra. Ele não estipulou que a responsabilidade da direção recaísse sobre uns poucos homens. As responsabilidades são divididas entre grande número de homens competentes. LC 59 2 Cada membro da igreja tem participação na escolha dos oficiais da igreja. Esta escolhe os oficiais das Conferências estaduais. [Conhecidas hoje por Associações.] Os delegados escolhidos pelas Associações estaduais escolhem os oficiais das Uniões; e os delegados escolhidos por estas, escolhem os oficiais da Associação Geral. Por meio desse sistema, cada Associação, instituição, igreja e pessoa, quer diretamente quer por meio de representantes, participa da eleição dos homens que assumem as responsabilidades principais na Associação Geral. -- Testemunhos Seletos 3:240, 241. LC 59 3 Conselhos contra a centralização -- A despeito de freqüentes conselhos em sentido contrário, os homens continuam a fazer planos para a centralização do poder, para juntar muitos interesses sob um controle único. Esta obra foi primeiramente iniciada nos escritórios da Review and Herald. As coisas inclinaram-se primeiro numa direção, depois noutra. Foi o inimigo de nossa obra quem lançou o chamado para a consolidação da obra de publicações sob um só poder controlador em Battle Creek. ... LC 59 4 Foi-me dito que eu precisaria erguer a voz em advertência contra estas idéias. Não devemos estar sob o controle de homens que são incapazes de controlar a si próprios, e que não estão dispostos a submeter-se a Deus. Não devemos ser guiados por homens que desejam seja sua palavra o poder controlador. O desenvolvimento do desejo de exercer controle tem sido muito marcante, e Deus enviou advertência após advertência, proibindo confederações e consolidações. Advertiu-nos contra nos unirmos para dar cumprimento a certos acordos que seriam apresentados por homens que se esforçam para controlar os movimentos de seus irmãos. -- Testemunhos Para a Igreja 8:216, 217. ------------------------Capítulo 23 -- A importância do planejamento LC 61 1 Planejemos com sabedoria -- não há tempo a perder -- Necessitamos planejar sabiamente para que o povo tenha a oportunidade de ouvir por si mesmo a última mensagem de misericórdia ao mundo. Deve o povo ser advertido a preparar-se para o grande dia de Deus, que está muito próximo. Não temos tempo a perder. Temos de envidar os maiores esforços para alcançar os homens onde estão. O mundo está atingindo agora a linha limítrofe da impenitência e desrespeito às leis do governo divino. Em cada cidade de nosso mundo a advertência precisa ser proclamada. Tudo que puder ser feito, deve ser feito sem demora. -- Testemunhos Para a Igreja 9:32. LC 61 2 Seguir um plano organizado -- É essencial trabalhar com ordem, seguindo um plano organizado e um alvo definido. Ninguém pode instruir devidamente a outros, a não ser que cuide que o trabalho a ser feito seja realizado sistematicamente e em ordem, de maneira que seja terminado no tempo próprio. ... LC 61 3 Planos bem definidos devem ser francamente apresentados a todos os que tenham a ver com eles e deve haver a certeza de que tenham sido compreendidos. Então, exijam que todos os que se encontram na direção dos vários departamentos cooperem na execução desses planos. Se este certo e radical método for devidamente adotado e seguido com interesse e boa vontade, então se evitará muito trabalho feito sem qualquer objetivo definido, bem como muito atrito desnecessário. -- Evangelismo, 94. LC 61 4 Previsão, ordem e oração -- É um pecado ser descuidado, sem ideal e indiferente em qualquer trabalho em que nos empenhemos, mas especialmente na obra de Deus. Cada empreendimento relacionado com Sua causa deve ser realizado com ordem, previsão e fervorosa oração. -- Evangelismo, 94.* LC 62 1 Planos melhores que os do mundo -- O Senhor deseja que Seu povo alcance o último degrau da escada, para que possa glorificá-Lo por possuir as aptidões que outorga de boa vontade. Pela graça de Deus foi feita toda provisão para revelarmos ao mundo que procedemos consoante planos melhores que os por ele seguidos. Devemos mostrar superioridade de intelecto, compreensão, perícia e conhecimento; porque cremos em Deus e em Seu poder de atuar no coração humano. -- Parábolas de Jesus, 358. LC 62 2 Os líderes devem desenvolver planos claros -- Aqueles a cujo cargo se encontram os interesses espirituais da igreja devem formular planos e meios pelos quais se dê a todos os seus membros alguma oportunidade de fazer uma parte na obra de Deus. Nem sempre foi isto feito em tempos passados. Não foram bem definidos nem executados os planos para empregar os talentos de cada um em serviço ativo. Poucos há que avaliem devidamente quanto se tem perdido por causa disto. LC 62 3 Os dirigentes da causa de Deus, como sábios generais, devem delinear planos para fazer movimentos de avanço ao longo de toda a linha. Em seus planos devem dar atenção especial à obra que pode ser feita pelos membros leigos em favor de seus amigos e vizinhos. A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja. -- Obreiros Evangélicos, 351, 352. ------------------------Capítulo 24 -- Tratando com os que erram LC 63 1 Fortalecendo os fracos -- Oh, quão preciosa é a doce influência do Espírito de Deus vindo ela às almas deprimidas e desesperançadas, encorajando os desfalecidos, fortalecendo os fracos, e comunicando coragem e auxílio aos provados servos do Senhor! Oh, que Deus é nosso Deus, o qual trata mansamente com os que erram, e manifesta Sua paciência e ternura na adversidade e quando somos vencidos por alguma grande tristeza! -- Patriarcas e Profetas, 657. LC 63 2 Almas que necessitam de ajuda -- Os que são coobreiros de Deus trabalharão nas fileiras de Cristo. Muita pobre alma há que é mal compreendida, não é apreciada, cheia de tristeza e agonia -- uma ovelha perdida, extraviada. Sua mente está anuviada, não pode achar a Deus, e dela se apossa uma incredulidade quase sem esperanças. No entanto, tem ela um desejo intenso e anelante de perdão e paz. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 351. LC 63 3 Rudeza -- juízo -- Que cada um que professa o nome de Cristo considere o fato de que deve enfrentar cada ato de injustiça, dar contas de cada palavra áspera, ante o tribunal de Cristo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 224. LC 63 4 Os líderes devem ser compreensivos -- Almas há que estão definhando por falta de simpatia. Definham por falta do pão da vida; mas não têm confiança para tornar conhecida a sua grande necessidade. Os que levam responsabilidades em conexão com a obra de Deus, devem compreender que estão sob a mais solene obrigação de ajudar a essas almas; e estariam preparados para ajudá-las caso eles mesmos tivessem retido a influência branda e subjugadora do amor de Cristo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 353. LC 64 1 Se a cortina fosse aberta -- Que revelações viriam aos homens se a cortina fosse aberta e vocês pudessem ver o resultado de seu trabalho ao lidar com os que erram e que necessitam do mais adequado tratamento para não serem desviados do caminho! -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 184. ------------------------Capítulo 25 -- Oração e estudo LC 65 1 Líderes -- homens de oração -- [Os líderes] devem ser homens de oração, homens que subam o monte e vejam a glória de Deus e a dignidade de seres celestiais a quem Ele impôs o encargo de Sua obra. Então, como Moisés, seguirão o modelo que foi mostrado no monte e estarão alerta para convocar e assegurar à obra os melhores talentos que possam ser obtidos. Se forem homens maduros e possuidores de inteligência santificada; se ouvirem a voz divina e buscarem captar cada raio de luz procedente do Céu, seguirão, como o Sol, um curso invariável e crescerão em sabedoria e no favor de Deus. -- Testemunhos Para a Igreja 5:549. LC 65 2 Falar menos -- orar mais -- O Senhor nos deu a promessa: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada." Tiago 1:5. É o plano de Deus que os que têm responsabilidades se reúnam muitas vezes para se aconselharem entre si e orarem pedindo aquela sabedoria que somente Ele pode comunicar. Falem menos; muito tempo precioso é perdido em conversas que não trazem luz. Reúnam-se os irmãos com jejum e oração em busca da sabedoria que Deus prometeu fornecer liberalmente. Levem ao conhecimento de Deus as suas dificuldades. Digam-Lhe, como Moisés: "Eu não posso guiar a este povo, a não ser que a Tua presença vá comigo." Êxodo 33:15. E então, peçam ainda: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória." Êxodo 33:18. Que é essa glória? -- O caráter de Deus. Foi isso que Ele proclamou a Moisés. -- Obreiros Evangélicos, 417. LC 65 3 Problemas -- um convite à oração -- A vereda dos homens que estão colocados como líderes não é fácil. Mas devem eles ver em cada dificuldade um chamado à oração. Jamais devem deixar de consultar a grande Fonte de toda a sabedoria. Fortalecidos e iluminados pelo Obreiro-Mestre, serão capacitados a permanecer firmes contra pecaminosas influências e a discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal. Aprovarão o que Deus aprova e empenhar-se-ão com todo o fervor contra a introdução de princípios errôneos em Sua causa. -- Profetas e Reis, 31. ------------------------Capítulo 26 -- Colocando homens de negócio nos negócios LC 67 1 Os negócios devem ser postos nas mãos de homens de negócio -- Não são poucos os pastores que estão negligenciando o próprio trabalho para cuja realização foram designados. Por que são aqueles que foram destinados para o ministério colocados em comissões e mesas? Por que são solicitados a assistir a tantas reuniões de negócios, muitas vezes a grandes distâncias de seu campo de trabalho? Por que não são as questões comerciais postas nas mãos dos homens de negócio? Os pastores não foram separados para fazer essa obra. Que a administração de assuntos financeiros fique com outros e não com aqueles que foram ordenados para o ministério. -- Testemunhos Para a Igreja 7:254. LC 67 2 Necessitam-se consagrados homens de negócio -- O Senhor deseja ver relacionados com Sua obra homens inteligentes... em nossas Associações e instituições. Necessitam-se especialmente consagrados homens de negócio. -- Obreiros Evangélicos, 423. LC 67 3 Necessitam-se administradores -- Necessitam-se administradores financeiros em todos os ramos da obra para que ela possa ser levada avante com energia e sistematicamente. -- Testemunhos Para a Igreja 5:276. LC 67 4 Buscar economistas -- Aqueles que têm a seu cargo as nossas Associações devem buscar economistas para atenderem aos pormenores financeiros do trabalho nas cidades. Se não for possível encontrarem-se homens tais, providenciem-se os meios para instruir quem assuma essas responsabilidades. -- Testemunhos Seletos 3:54. LC 67 5 Necessidade de homens de negócio -- Há necessidade de homens de negócio que entreteçam em todas as transações os grandes princípios da verdade. -- Parábolas de Jesus, 350. LC 68 1 Nossos colégios devem preparar homens de negócio -- Todos os nossos colégios e educandários denominacionais devem tomar providências para dar a seus alunos a educação essencial para evangelistas e para homens de negócio cristãos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 489. LC 68 2 Confiar os negócios a homens de aptidões financeiras -- Os que se acham empregados para escrever e falar a Palavra devem assistir a menos reuniões de comissões. Devem confiar muitas questões de menor importância a homens de aptidões financeiras, evitando assim o manterem-se numa contínua tensão que lhes roube à mente o vigor natural. -- Obreiros Evangélicos, 422. ------------------------Capítulo 27 -- O líder e os motivos LC 69 1 A Base das ações -- "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Eis aqui um princípio que constitui o fundamento de todo ato, pensamento e motivo: a consagração de todo ser, físico e mental, ao controle do Espírito de Deus. -- Testemunhos Para a Igreja 3:84. LC 69 2 Deus sonda os motivos -- Muitos há que recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Esquadrinhador dos corações inspeciona os motivos, e muitas vezes os próprios atos que são vivamente aplaudidos pelos homens são por Ele registrados como provindos de motivos egoístas e vil hipocrisia. -- Testemunhos Para a Igreja 2:512. LC 69 3 Não os resultados, mas sim os motivos -- Não são os grandes resultados que obtemos, mas os motivos que nos levam à ação, o que pesa à vista de Deus. Ele preza a bondade e a fidelidade mais do que a grandeza da obra realizada. -- Testemunhos Para a Igreja 2:510. LC 69 4 As forças incentivadoras -- As grandes forças incentivadoras da vida são a fé, a esperança e o amor; é para isso que apela o estudo da Bíblia, bem dirigido. -- Educação, 192. LC 69 5 Motivos de ação -- A verdadeira fineza não se revelará nunca enquanto o próprio eu for considerado o objeto supremo. Importa que o amor habite no coração. Um perfeito cristão encontra seus motivos de ação no profundo e sincero amor ao seu Mestre. -- Obreiros Evangélicos, 123. LC 69 6 Examinemos nossos motivos -- Mediante um exame íntimo de sua vida diária sob todas as circunstâncias, eles conheceriam seus motivos, os princípios que os regem. Essa diária recapitulação de nossos atos, para ver se a consciência aprova ou condena, é necessária para todos os que anelam chegar à perfeição do caráter cristão. -- Testemunhos Para a Igreja 2:512. ------------------------Capítulo 28 -- Obreiros despedidos e transferidos LC 71 1 Cautela na transferência de obreiros -- Muitas vezes, quando certos obreiros ficam descontentes, em vez de serem animados a permanecer ali e tornar sua obra bem-sucedida, são enviados a outro lugar. Mas eles levam consigo os mesmos traços de caráter que lhes têm prejudicado o trabalho. -- Obreiros Evangélicos, 494. LC 71 2 Sem mudanças bruscas -- Não se façam, porém, mudanças bruscas na administração, de maneira a causar desânimo aos que têm trabalhado diligentemente e com êxito para levar a obra a certo grau de progresso. Deus não sancionará qualquer coisa que se faça de modo a desanimar Seus fiéis servos. -- Obreiros Evangélicos, 494. LC 71 3 Os indiferentes e profanos devem ser afastados -- Os insinceros e profanos, os que são dados à tagarelice, que vivem a comentar as faltas alheias, ao passo que se descuidam das próprias, devem ser afastados da obra. -- Testemunhos Seletos 3:186. LC 71 4 Obreiros dos quais se pode prescindir -- Os presunçosos, satisfeitos consigo mesmos, podem bem ser poupados à obra de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 143. ------------------------Capítulo 29 -- Trabalho em equipe LC 72 1 A cada homem um tipo especial de serviço -- Em 1903, escrevi ao presidente de uma Associação: "Por meio de um agente, Cristo Jesus, Deus misteriosamente uniu todos os homens entre si. A cada homem deu Ele algum ramo especial de serviço e devemos ser rápidos em compreender que nos devemos precaver contra abandonar o trabalho que nos foi confiado para interferir com outros agentes humanos que estão fazendo um trabalho que não é precisamente o mesmo que o nosso. A nenhum homem foi designada a obra de interferir no trabalho de um de seus coobreiros, procurando tomá-lo em suas mãos ele mesmo; pois o manusearia de tal maneira que o estragaria. Deus dá a um, trabalho diferente do que dá a outro." -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 494. LC 72 2 Respeito mútuo -- Cada um deve prostrar-se em seu grupo e em seu lugar, fazendo seu trabalho. Cada indivíduo entre vocês deve, perante Deus, realizar um trabalho para estes últimos dias que é importante, sagrado e majestoso. Todos devem levar o peso de sua responsabilidade. O Senhor está preparando cada um para fazer seu trabalho designado, e cada um deve ser respeitado e honrado como um irmão escolhido de Deus e precioso à Sua vista. Não se deve escolher um só homem e delegar-lhe todos os planos e métodos, enquanto outros são deixados de lado. Se isto ocorrer, erros serão cometidos; passos errados serão tomados. Isso redundará em mais malefícios do que benefícios. Nenhum de vocês precisa temer que o outro ocupe o posto mais elevado. Todos devem ser tratados sem parcialidade e hipocrisia. LC 72 3 Não se deve atribuir o mesmo tipo de trabalho a cada obreiro; e, por essa razão, vocês devem aconselhar-se mutuamente na liberdade e confiança que devem existir entre os obreiros do Senhor. Todos precisam ter menos confiança em si mesmos e muito mais confiança nAquele que é poderoso em aconselhar, que conhece o fim desde o princípio. LC 73 1 Quando se respeitam mutuamente, vocês respeitam a Jesus Cristo. Não devem mostrar preferências, pois o Senhor não mostra preferência para com Seus escolhidos. Ele disse: "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de Meu Pai vos tenho dado a conhecer." João 15:15. Esta é a confiança que o Senhor deseja que nutram mutuamente. A menos que pratiquem isso mais do que têm feito em sua experiência passada, não andarão nem trabalharão sob ditames do Espírito de Deus. O Senhor deseja que se unam em ternos laços de companheirismo. Como obreiros do Senhor devem apresentar seus planos uns aos outros. Esses planos devem ser cuidadosamente analisados com oração, pois o Senhor deixará aqueles que assim não agem tropeçarem em sua suposta sabedoria e grandeza superior. ... LC 73 2 Ninguém deve supor que sua sabedoria não seja passível de erros. Deus deseja que o maior cultive esta humildade que o tornará servo de todos, se o dever assim o exige. Entretanto, ao amar-se como irmãos e pensar como um só ser, um só coração, uma só vida, devem individualmente apoiar-se inteiramente em Deus. Ele será seu amparo. Ele não Se agrada quando dependem uns dos outros para buscar luz, orientação e sabedoria. O Senhor deve ser nossa sabedoria. Individualmente devemos reconhecer que Ele é nossa santificação e redenção. A ele devemos olhar e nEle devemos confiar. Ele será para nós um socorro presente em todo tempo de necessidade. LC 73 3 Quaisquer que sejam os nossos deveres nos diferentes aspectos da obra, lembremo-nos de que o Senhor é o General que tudo comanda. Vocês não devem afastar-se dEle para fazer da carne a sua força. Estão demasiadamente inclinados em medir-se e comparar-se entre si, valorizando a importância do seu trabalho. Não lhes ocorre que suas comparações podem estar muito aquém da realidade? Não é a posição nem a categoria que o Senhor valoriza. Ele procura ver o quanto do Espírito do Mestre vocês cultivam e quanto da semelhança de Cristo revelam em seu trabalho. -- Carta 49, 1897, (Setembro de 1897, aos irmãos Daniells, Colcord, Faulkhead, Palmer, Salisbury). LC 74 1 Planejar unidos em conselhos -- Como irmãos colocados onde devem estar, mais ou menos ligados, vocês devem planejar em união em seus conselhos, em suas associações, em espírito e em todo o seu trabalho. Ninguém dentre vocês deve ser o conselheiro de todos. -- Carta 49, 1897, (Setembro de 1897, aos Obreiros em Nossas Instituições). LC 74 2 Nenhum homem deve controlar -- Ao dar conselho para o avançamento da obra, homem nenhum sozinho deve ser um poder dominante, uma voz por todos. Os métodos e planos que forem propostos devem ser considerados com cuidado, de modo que todos os irmãos possam pesar os méritos relativos e resolver que métodos e planos devam ser seguidos. Ao estudar os campos para os quais nos pareça que o dever nos chama, convém tomar em conta as dificuldades que ali serão encontradas. -- Testemunhos Seletos 3:198, 199. LC 74 3 Responsabilidades divididas -- O serviço de Deus não é delegado à opinião e julgamento de um homem, mas é dividido entre aqueles que estão dispostos a trabalhar com interesse e sacrifício próprio. Assim todos, de acordo com a habilidade e capacidade que Deus tem lhes dado, assumem as responsabilidades que são por Ele designadas. LC 74 4 Os importantes interesses de uma grande nação foram confiados a homens cujos talentos os habilitavam a assumir tais responsabilidades. Alguns foram escolhidos para dirigir negócios, outros foram chamados para cuidar de assuntos espirituais ligados à adoração a Deus. Todo o serviço religioso e cada ramo de negócio devia levar a assinatura do Céu. "Santidade ao Senhor" devia ser o lema dos obreiros em cada departamento. Considerou-se como essencial que todas as coisas fossem conduzidas com regularidade, propriedade, fidelidade e presteza. -- Manuscrito 81, 1900, p. 6, (Diário, o Reino de Salomão). LC 74 5 Mente alguma é capaz de administrar uma Associação -- Ao ser escolhido um obreiro para a presidência de uma Associação, a função em si não lhe confere capacidade que antes não possuísse. LC 74 6 Um alto cargo não confere ao caráter as virtudes cristãs. Quem imagina poder por si só traçar os planos para todos os ramos da obra, demonstra grande falta de sabedoria. Mente humana alguma é capaz de assumir as numerosas e variadas responsabilidades de uma Associação que conta com milhares de membros e abarca muitos ramos de atividade. LC 75 1 Foi-me, porém, mostrado um perigo ainda maior: é o conceito difundido entre os nossos obreiros de que os pregadores e outros empregados na causa devam deixar para alguns chefes o cuidado de determinar-lhes as responsabilidades. A inteligência e o discernimento de um homem não devem ser considerados suficientes para dirigir e modelar uma Associação. LC 75 2 Tanto o indivíduo como a igreja têm cada qual as suas responsabilidades. A cada homem deu Deus algum talento ou talentos para serem usados e aperfeiçoados. Ao fazer uso desses talentos, sua capacidade para servir aumentará. -- Testemunhos Seletos 3:424. LC 75 3 Evitem o desejo de tornar-se grandes líderes -- São os que aceitam as advertências e avisos que lhes são dados que andarão em caminhos seguros. Não ceda o homem ao ardente desejo de se tornar um grande líder, ou a desejar independentemente idear e estabelecer planos tanto para si mesmo como para a obra de Deus. É fácil para o inimigo trabalhar por intermédio de alguém que, tendo ele mesmo necessidade de conselho a cada passo, empreende a tutela de almas sem ter aprendido a humildade de Cristo. Tais pessoas necessitam do conselho dAquele que diz: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos." Mateus 11:28. LC 75 4 Precisam nossos pastores e líderes reconhecer a necessidade de buscar o conselho de seus irmãos que há muito estão no trabalho, e que alcançaram profunda experiência nos caminhos do Senhor. A disposição de alguns de se fecharem dentro de si mesmos e de se julgarem competentes para planejar e executar, segundo seu próprio discernimento e preferências, leva-os a posições difíceis. Tal maneira independente de trabalhar não é correta, e não deve ser seguida. Devem os pastores e professores de nossas Associações trabalhar unidos com seus irmãos experientes, solicitando-lhes o conselho e dando atenção aos seus avisos. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 501, 502. ------------------------Capítulo 30 -- Delegando LC 76 1 Delegar responsabilidades a outros -- Devem os dirigentes dar responsabilidades aos outros e permitir-lhes planejar, delinear e pôr em execução, para poderem obter experiência. Dêem-lhes uma palavra de conselho, se necessário, mas não tirem o trabalho por pensar que os irmãos estão cometendo erros. Que Deus Se compadeça da causa, quando a mente de um homem e os planos de um homem são seguidos sem questionar. Deus não seria honrado caso existisse um tal estado de coisas. Devem todos os nossos obreiros ter a oportunidade de exercer seu juízo e prudência. Deus tem dado aos homens talentos que Ele quer que usem. Tem-lhes dado a mente, e tem em vista que se tornem pensadores e planejem por si mesmos, em vez de dependerem de que outros pensem por eles. LC 76 2 Penso ter-lhes apresentado muitas vezes essa questão, mas não vejo mudança em suas ações. Desejamos que cada homem que está em responsabilidade delegue responsabilidades aos outros. Coloque-os em um trabalho que os obrigue a planejar e usar o discernimento. Não os eduque a contar com seu discernimento. Devem os jovens ser ensinados a pensar. Meus irmãos, nem por um momento pensem que seu caminho é perfeito e que aqueles que a vocês estão ligados devem ser sua sombra, devem dar eco às suas palavras, repetir-lhes as idéias e executar os seus planos. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 302, 303. LC 76 3 Olhem para Deus e não para o homem -- Tive uma longa conversa com o irmão Bell. Eu lhe disse muitas coisas. Tentei colocar diante dele onde houve falha em nossos dirigentes e como retardaram o trabalho que estavam tão ansiosos por fazerem avançar. Cada um pensou que devia assumir todas as responsabilidades, e eles ocuparam tanto terreno deixando de educar outros a pensar, agir, cuidar, suportar fardos porque não lhes deram oportunidades. LC 76 4 Eu lhe disse que não é plano de Deus que assim se proceda. Ele agiu desse modo e colocou sobre si mesmo grande número de fardos que não tinha forças para carregar e não podia fazer justiça a nenhum deles. Deus deu a cada homem um trabalho de acordo com sua habilidade, e quando um homem alimenta a idéia de que pode arcar com todas as responsabilidades porque se julga capaz de desempenhá-las mais perfeitamente do que outro, ele pecou contra si mesmo e contra seus irmãos. Estava educando as pessoas a olharem para ele, a esperarem que todas as coisas viessem através dele, e elas não foram educadas a olhar para Deus e esperar que o Senhor fizesse grandes coisas por elas. Dependeram de outros e confiaram em outros em lugar do Deus vivo; desse modo, muitos não adquiriram a experiência que deviam ter e que os tornaria obreiros eficientes. -- Carta 24, 1883, p. 1, 2, (23 de Agosto de 1883, a Willie e Mary White). LC 77 1 Que outros aprendam a assumir responsabilidades -- Lamento profundamente pelo seu constante e exaustivo trabalho. Por favor, faça outros trabalharem e você fará muito menos. Deus não quer que você nem o irmão Haskell se sacrifiquem. Ele deseja que você delegue o trabalho e seja mais um planejador, um administrador. Haverá tempo em que seus trabalhos especiais serão positivamente uma necessidade, mas eu protesto contra assumir tanto trabalho. Deus não requer isso de você e não deve fazer isso. Atenderá o conselho? Deixará que outros aprendam a levar as responsabilidades mesmo que cometam graves erros enquanto você está vivo para mostrar-lhes como trabalhar? LC 77 2 Foi-me mostrado que você e o irmão Haskell devem, em sua idade, delegar responsabilidades a outros. Assistam a menos reuniões campais, falem e trabalhem menos em campais e isto forçará outros a tomarem a dianteira e obterem uma experiência que é essencial para eles. Para isso, vocês devem fazer menos e outros mais. Queremos a ajuda de todos os homens experientes, e a obra, como foi-me mostrado, crescerá mais e mais em importância. Queremos esses homens experientes como conselheiros. Não podemos dispensá-los. Essa não é a voz da irmã White, mas uma mensagem vinda de Deus para vocês. Atentarão para ela? Ambos? Serão prudentes? Serão administradores e trabalharão menos? -- Carta 117, 1886, p. 6, (25 de Junho de 1886, ao irmão Butler. Idades: Butler, 52; Haskell, 53). LC 78 1 Perigo de exaltação própria -- Agora, meu irmão, sinto o mais profundo interesse por você; se assim não fosse, eu não lhe escreveria como tenho feito. Devo ser fiel a mim mesma. Falo dos assuntos tal como são, e embora desejasse todos unidos no Sanatório, em perfeitos laços de união, não desejaria essa união da espécie e qualidade que você seja mente e juízo para cada um deles; e que considerem cada proposta e plano, palavra e ação como sem erro ou falta. Na multidão de conselheiros há segurança. Deus não deseja que muitas mentes sejam a sombra da mente de um homem. O Senhor deu ao homem um cérebro para ser usado, um intelecto a ser cultivado e empregado para Sua glória; e Ele deve ser o único a moldar, controlar e ajustar as mentes segundo Seu próprio cunho. Homens são simplesmente homens seja qual for seu trabalho. Quanto maior a responsabilidade da posição, tanto mais importante é que aquele que a ocupe não receba mais honra ou exaltação do que lhe convém. De fato, as pessoas se arruínam pelo louvor e honra que lhes são conferidos como se fossem infalíveis. Conquanto o devido respeito deva ser dado àqueles a quem Deus confiou talentos mais do que comuns, o homem assim agraciado precisa andar mais perto e mais humildemente diante de Deus à medida que avança. Toda a influência que tais habilidades podem lhe dar, torná-lo-á mais santo, melhor, mais manso e humilde ou o levará a pensar como outros têm pensado: Não sou um homem comum; posso fazer coisas que outros não podem e não será pecado. Isso é um erro comum, porém destrutivo. Esse homem precisa aprender importantes lições diárias do maior Professor que o mundo já conheceu. Cristo deve morar no coração desse homem, assim como o sangue deve estar no corpo e ali circular como um poder vitalizante. Nesse assunto não sou excessivamente insistente. Não posso impressioná-lo suficientemente de modo a não confiar em si mesmo. -- Carta 7, 1886, (26 de Abril de 1886, a J. H. Kellogg). LC 78 2 Dever de treinar os outros -- Embora lhe pareça difícil desembaraçar-se de responsabilidades que outros não possam assumir, é seu dever treinar outros a ocuparem posições de responsabilidade, para, caso você precise de mudança ou descanso, que é seu direito, você possa tê-lo. Penso que você e sua esposa deveriam visitar a Califórnia. Insisto, você tem trabalhado intensamente sob grande pressão. Deus tem poupado sua vida; porém, você não é imortal e poderá morrer assim como outros morreram, antes de você conseguir viver dois anos em um. LC 79 1 Por vários anos, à medida que os assuntos do Sanatório me eram apresentados, tem-me sido mostrado que você estava se sobrecarregando para dano próprio, privando, desse modo, outros de obterem experiência. Aqueles que estão intimamente ligados a você no Sanatório estão prontos a concordar com cada movimento que você possa fazer e com cada proposta, dizendo: Sim. Não usam, contudo, seu julgamento individual e não esforçam a mente para raciocinar que eles podem ter opiniões confiáveis e idéias claras, não emprestadas, mas próprias. Homens em posição de responsabilidade qualificaram a si mesmos neste sentido pelo processo que você e outros tiveram que passar para se ajustarem a tal trabalho. Agora, se você desobrigar tais pessoas dessa responsabilidade do trabalho, elas serão apenas suas máquinas. Seu cérebro planeja, projeta, faz funcionar, aciona até que parem, para serem acionadas novamente. Esta é uma das razões por que temos tão poucos obreiros pensantes hoje; e esta é a razão por que obreiros pensantes deixam nossas fileiras sendo levados à sepultura, por servirem de cérebro para outros. LC 79 2 Falo-lhe honestamente como mãe a filho, que você cometeu uma falha decisiva aqui. Não posso agora tentar especificar todos esses erros, mas há em você um amor pela supremacia, quer perceba quer não; e se tal amor não fosse cultivado, você teria ao seu lado homens que estariam se desenvolvendo como médicos úteis, homens que estariam constantemente crescendo e com quem você poderia contar. Mas não lhes tem dado todos os benefícios que você mesmo teria reivindicado caso estivesse em seu lugar. Eles precisavam e o caso requeria que, quando chegassem a um certo ponto, você fizesse mais por eles do que fez para aperfeiçoá-los no trabalho. Quer tenha planejado e sabido ou não, você os restringiu para chegarem até ali e não avançarem. Isso não é justo para eles nem para você, tampouco para o Sanatório que tanto depende de um único homem. Tal não deve acontecer em nenhuma de nossas instituições, pois esse não é o método de Deus. -- Carta 7, 1886, (26 de Abril de 1886, a J. H. Kellogg). LC 80 1 A sabedoria divina deve ser entrelaçada nas experiências diárias -- Com a graça de Cristo na alma, você pode ser poderoso em Deus, combatendo os poderes das trevas. Nenhum poder a não ser a verdade o manterá firme, tendo sempre em vista a glória de Deus. Os que estão intimamente ligados a você têm responsabilidades solenes. Você deposita confiança neles e é dever deles apegarem-se a Deus, visando unicamente Sua glória, agarrando-se firmemente ao braço da Onipotência, não confiando ou contando com qualquer braço humano. Eles devem extrair o máximo proveito das faculdades outorgadas por Deus, pois devem prestar contas das mesmas a Ele; devem crescer constantemente; jamais devem parar de progredir. Mas todos os recursos que podem auxiliá-los como soldados de Jesus nesta santa tarefa devem ser recrutados. Tanto quanto possível, todo conhecimento que o apóstolo reconheceria como ciência verdadeira deve ser adquirido. Tudo o que pode fortalecer ou expandir a mente deve ser individualmente cultivado da melhor forma possível. E embora tudo isso possa ser privilégio dos que estão ligados a você, há poucos, porém, que agora alcançam o padrão, e há perigo de serem iludidos em suas próprias realizações. Eles falharão por não crescerem, e você também estará sob o engano a menos que a sabedoria que vem de Deus seja entrelaçada em sua experiência diária e na deles. LC 80 2 Tenho meditado acerca de seus motivos de não confiar responsabilidades a seus obreiros; mas você não tem se decepcionado tanto como nosso Redentor que tem sido magoado e decepcionado por nosso trabalho malfeito. Mostramos tão pouca fidelidade Àquele que nos comprou com Seu próprio sangue. Alegro-me com toda partícula de interesse demonstrada por você nas coisas religiosas. O caminho para tornar-se importante e nobre é ser semelhante a Jesus, puro, santo e imaculado. A honra que você pode receber de homens importantes e da medicina não é de muito valor aos meus olhos, mas a honra que você recebe do Senhor é a de maior valor. Desejo que não se torne quase vencedor, mas um vencedor, e mais do que vencedor por Aquele que o amou e deu Sua própria vida para salvá-lo da ruína. Você precisa ter diariamente mais e maior confiança em Deus. Desejo que seja o homem mais feliz no Céu. Quero que esteja em paz com Deus aqui, e no futuro alcance o Céu. Deve combater o combate da fé a fim de superar o ceticismo e a infidelidade. -- Carta 7, 1886, (26 de Abril de 1886, a J. H. Kellogg). LC 81 1 Conselhos a um líder possessivo -- Enquanto você tem muito a fazer, outros têm muito pouco. Você não tem dado a outros a oportunidade de melhorar em eficiência através de experiência prática. Está disposto a ser ajudado e assistido, se os seus auxiliares deixarem a responsabilidade principal repousar sobre você. Você deseja ser colocado acima de todos, especialmente entre seus próprios conterrâneos. LC 81 2 Você não parece ter habilidade para educar jovens e dar-lhes uma oportunidade para fazer com que seus talentos sejam desenvolvidos e tenham oportunidade de aprender. Esse é o trabalho que devia ter sido feito, mas que tem deixado sem fazer. Se fosse altruísta, teria a humildade e mansidão de Cristo, aprenderia como treinar os jovens para serviço útil. ... LC 81 3 Você não procura pacientemente tornar outros familiarizados com todas as partes do trabalho. Isso é porque você deseja ser o primeiro e não quer que outros se familiarizem com os detalhes do trabalho, ou se tornem tão eficientes quanto você. Você tem demasiada autoconfiança, superestima as próprias habilidades. Hoje devia ter ao seu lado um número maior de obreiros inteligentes treinados por você. Você, porém, ajustou as coisas de acordo com suas limitadas concepções, e ainda permanece quase sozinho. ... LC 81 4 É seu dever mudar de atitude. Aprenda a ver e a reconhecer habilidades e talentos em outros, além de si mesmo. Pelo amor de Cristo, não domine sobre Sua herança, mas seja um exemplo para o rebanho. Dê a outros o benefício de todo o conhecimento que o Senhor lhe tem dado. Ele lhe deu esse conhecimento para que possa compartilhá-lo. Ensine a outros tudo o que você sabe, não de modo arbitrário, zombando de seus erros e ridicularizando sua ignorância, mas com um espírito gentil, sentando você mesmo aos pés de Jesus como um aprendiz. Acolha jovens na sede da missão e seja seu instrutor, ensinando-lhes como ensinaria estudantes em uma escola. -- Carta 10, 1884, (27 de Outubro de 1884, a J. O. Corliss). LC 82 1 Hoje, em Sua obra, o Senhor Se deleitaria em que aqueles que estão envolvidos em qualquer parte de Seu serviço procurassem guardar-se da tendência de tomar sobre si responsabilidades que não foram chamados a assumir. Alguns de Seus servos devem dirigir assuntos administrativos ligados à Sua obra na Terra; outros devem cuidar de assuntos espirituais. Cada obreiro deve se empenhar em fazer bem a sua parte, deixando para outros os deveres a eles confiados. -- The Review and Herald, 5 de Outubro de 1905. LC 82 2 Nenhuma autoridade suprema na IASD -- Deus não estabeleceu entre os Adventistas do Sétimo Dia nenhuma autoridade suprema para dirigir toda a corporação, ou qualquer seção da obra. Ele não estipulou que a responsabilidade da liderança recaísse sobre uns poucos homens. As responsabilidades são divididas entre grande número de homens competentes. -- Testemunhos Seletos 3:240. ------------------------Capítulo 31 -- Tomando decisões LC 83 1 Homens de ação -- A causa de Deus requer homens que possam ver prontamente e agir instantaneamente no devido tempo, e com poder. Se esperarem para pesar toda dificuldade e ponderar toda perplexidade que encontrarem, bem pouco farão. Encontrarão dificuldades e obstáculos a cada passo e devem, com propósito firme, decidir vencê-los, ou do contrário serão por eles vencidos. LC 83 2 Vezes há em que vários meios e fins, métodos diversos de atuação quanto à obra de Deus, se equivalem mais ou menos em nossa mente; é exatamente então que se faz mister o melhor critério. E se alguma coisa se faz para esse fim, deve ser feita no momento oportuno. A mais leve inclinação do peso na balança deve ser notada, decidindo imediatamente a questão. Muita demora fatiga os anjos. -- Obreiros Evangélicos, 133, 134. LC 83 3 Liderança hesitante é liderança fraca -- É mesmo mais desculpável tomar uma decisão errada, às vezes, do que ficar sempre a vacilar, hesitando ora para uma, ora para outra direção. Maior perplexidade e mal resultam de hesitar e duvidar assim, do que de agir às vezes muito apressadamente. LC 83 4 Tem-me sido mostrado que as mais assinaladas vitórias e as mais terríveis derrotas se têm decidido em minutos. Deus requer ação pronta. Demoras, dúvidas, hesitações e indecisão freqüentemente dão toda a vantagem ao inimigo. -- Obreiros Evangélicos, 134. LC 83 5 Agir prontamente mas pesar as evidências -- Deus concedeu entendimento a cada indivíduo e quer que Seus obreiros empreguem esse dom e o desenvolvam. Não deve o presidente de uma Associação imaginar que o seu critério individual deva reger o dos demais. LC 83 6 Em Associação nenhuma devem apresentar-se propostas precipitadamente, sem que se conceda aos irmãos o tempo suficiente para examinarem acuradamente todos os aspectos do assunto. Tem-se pensado algumas vezes que, por haver sido o presidente da Associação quem sugeriu certos planos, não haveria necessidade de consultar o Senhor a esse respeito. Dessa forma foram aceitas propostas que não visavam ao bem espiritual dos crentes, e cujas consequências tinham alcance que muito excedia ao que era aparente no primeiro exame. Tais procedimentos não têm a aprovação divina. Muitos, muitíssimos assuntos têm sido propostos e votados, que implicavam muito mais do que estava previsto, e muito mais do que os votantes estariam dispostos a aprovar, caso houvessem tomado tempo para examinar o caso em todos os seus prismas. -- Testemunhos Seletos 3:424, 425. LC 84 1 Deus não pode usar líderes indecisos -- Os que estão de qualquer forma ligados com a obra de Deus em qualquer de nossas instituições devem estar ligados com Deus, e é preciso confiar-se em que façam o que é direito sob todas as circunstâncias, para que saibam onde se encontrarão no dia da prova. Nenhum dos que estão ligados com a sagrada obra de Deus deve permanecer em terreno neutro. Se um homem está dividido, indeciso, incerto, até que saiba que nada perderá, demonstra que é um homem a quem Deus não pode usar. Mas muitos estão seguindo esta linha de conduta. Não foram escolhidos por Deus ou decididamente deixaram de ser dirigidos pela poderosa ação do Espírito Santo. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 403. ------------------------Capítulo 32 -- Seleção de pessoal LC 85 1 Fazer cuidadosa seleção de homens -- Os homens que atuam como presidentes de Associações do Estado devem ser cuidadosamente escolhidos. Então deixem que esses homens levem as responsabilidades da Associação da maneira mais completa, sincera e temente a Deus. Se não estiverem habilitados a fazer a obra de maneira completa e com êxito, não os conservem nessa posição. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 322. LC 85 2 Muito cuidado na escolha de homens -- Deve-se tomar muito cuidado ao escolher homens para ocuparem posições de responsabilidade como guardiães das igrejas. Meus irmãos, não façam essa escolha cegamente para que o rebanho de Deus não tenha diante de si um exemplo que lhes ensinará a ferir e destruir. Os homens que assumem responsabilidades na causa de Cristo devem ser homens de oração e humildade. Devem eles agir como homens que, em todos os seus intercâmbios com os irmãos, sejam guiados pelo Espírito de Deus. Eles devem dar um exemplo de retidão. Devem guardar sagradamente a reputação daqueles que estão fazendo a obra de Deus. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1907. LC 85 3 Presidentes para selecionar auxiliares -- Na reunião em Jackson, o irmão disse: "Eu assumirei a presidência da Associação de Michigan." Então, sentei-me junto a ele e expus, de modo tão claro e distinto quanto me foi possível, o que o Senhor espera que homens em responsabilidade façam. Eles devem selecionar auxiliares. Ele necessitaria ter um como braço direito, e se houvesse dois ou três que pudessem trabalhar diretamente com ele, evitando desse modo que ele fizesse o trabalho, mas tentando instruí-los, seria melhor e, dessa forma, eles seriam treinados para o trabalho. LC 85 4 Disse eu: "O que vamos fazer? Acabaremos ficando sem obreiros." "Bem", ele disse, "o que sugeriu é a coisa certa a fazer." Mas ele nunca fez coisa alguma, nem seguiu a orientação dada em um único ponto, tanto quanto eu saiba. -- Manuscrito 19b, 1890, (14 de Junho de 1890, Métodos de Trabalho e de Dirigir Reuniões Campais). LC 86 1 Erros não são evidência de incapacidade -- Como me dói o coração ao ver presidentes de Associações darem-se ao trabalho de escolher aqueles que eles julgam poderem moldar para com eles trabalhar no campo! Pegam os que deles não divergirão, que agirão como meras máquinas. Nenhum presidente tem qualquer direito de fazer isso. Deixem que os outros planejem; e se em algumas coisas falharem, não tomem isso como evidência de que não estão habilitados para pensar. LC 86 2 Os nossos homens de maior responsabilidade tiveram de aprender por uma longa disciplina a usar seu discernimento. Em muitas coisas têm eles mostrado que sua obra devia ter sido melhor. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 304. LC 86 3 Escolher homens sábios -- Durante anos o Senhor nos tem instruído a escolher homens sábios, homens dedicados a Deus, homens que conhecem os princípios do Céu, homens que têm aprendido a andar com Deus. Deve-se colocar sobre eles a responsabilidade de cuidar dos negócios ligados à nossa obra. Isso está de acordo com o plano bíblico conforme apresentado no sexto capítulo de Atos. Precisamos estudar esse plano, pois é aprovado por Deus. Sigamos a Palavra. -- The Review and Herald, 5 de Outubro de 1905. LC 86 4 Escolher homens confiáveis -- Deus ensinará Seu povo a proceder com cautela e a escolher judiciosamente os homens que não traiam os sagrados encargos. Se nos dias de Cristo foi necessário que os crentes usassem de prudência para a escolha dos homens para os cargos de responsabilidade, nós que vivemos neste tempo certamente precisamos usar de grande discrição. Devemos apresentar a Deus cada caso, e, com oração fervorosa, pedir-Lhe que escolha por nós. -- Testemunhos Seletos 3:412. LC 86 5 Muito cuidado na seleção de líderes -- O Senhor tem sido servido de apresentar-me muitas coisas com relação ao chamado ao trabalho de nossos pastores, especialmente os que foram designados para presidentes de Associação. Grande cuidado deve ser exercido na escolha de homens para essas posições de confiança. Deve haver fervorosa oração em busca de iluminação divina. -- Obreiros Evangélicos, 413. LC 87 1 Escolher homens que tenham experiência na fé -- Os que são assim indicados para superintendentes do rebanho devem ser homens de boa reputação; homens que dêem provas de possuir, não somente conhecimento das Escrituras, mas experiência na fé, na paciência, para que, em mansidão, possam instruir os que se opõem à verdade. Devem ser homens íntegros, não neófitos, mas inteligentes estudantes da Palavra, aptos para ensinar a outros também, tirando do tesouro coisas novas e velhas; homens que, em caráter, palavras, conduta, sejam uma honra à causa de Cristo, ensinando a verdade, vivendo a verdade, crescendo até à estatura perfeita em Cristo Jesus. Isso importa no desenvolvimento e fortalecimento de cada faculdade mediante o exercício da mesma, para que os obreiros se tornem aptos a suportar maiores responsabilidades, à medida que a obra aumenta. -- Obreiros Evangélicos, 413. ------------------------Capítulo 33 -- Treinamento de líderes LC 88 1 Dividir responsabilidade -- Sinto-me preocupada em relação a você. Sonhei que você estava contando algumas de suas provações e eu disse: Meu irmão, se você tivesse o mesmo espírito que Moisés teve, teria obreiros eficientes com você. Quando Moisés estava muito sobrecarregado, o Senhor levantou a Jetro como conselheiro e ajudador. O conselho foi aceito e os fardos que vinham sobre ele foram divididos com outros e, desse modo, um duplo objetivo foi alcançado. Moisés foi aliviado e teve melhores oportunidades para sua vida, e homens foram aprendendo a assumir responsabilidades para qualificá-los a fazer o trabalho em posições de confiança, de modo que Israel não aprendesse a olhar e confiar em um único homem e julgar que ninguém poderia fazer algo por eles sem que antes se dirigissem àquele homem. Sei que é difícil abrir mão de algumas responsabilidades e dar a outros oportunidades para usufruírem todas as vantagens e conselhos de sua experiência para ajudá-los. A menos que isso seja feito, eles conduzirão o trabalho com dificuldade, sem instrução e conselho que é privilégio deles ter. -- Carta 64, 1886. LC 88 2 Presidente deve educar e treinar -- O presidente de uma Associação local, por sua maneira de lidar, educa os pastores que se acham sob sua jurisdição, e juntos eles podem instruir as igrejas, de tal maneira que não seja necessário chamar os pastores da Associação do campo [União] para ajustar as dificuldades e dissensões que haja na igreja. Se os oficiais da Associação, como servos fiéis, cumprirem os deveres que lhes são indicados pelo Céu, não se deixará o trabalho em nossas Associações ficar emaranhado em perplexidades, como tem acontecido até agora. E ao trabalhar assim, os obreiros se tornarão homens sólidos, de responsabilidade, que não fracassarão, nem ficarão desanimados num lugar difícil. -- Obreiros Evangélicos, 419. LC 89 1 Ajudar os inexperientes -- Fui instruída a dizer àqueles a quem Deus conferiu muitos talentos: Ajudem os inexperientes, não os desencorajem. Tomem-nos em sua confiança, dêem-lhes conselhos paternais, ensinando-lhes como se ensina estudantes em uma escola. Não atentem para seus erros, mas reconheçam seus talentos não desenvolvidos e os treinem a fazer correto uso dessas habilidades. Instruam-nos com toda a paciência, orientando-os a ir em frente e fazer um importante trabalho. Em vez de mantê-los ocupados em coisas de pouca importância, dêem-lhes oportunidade para obter experiência através da qual possam desenvolver-se em obreiros fidedignos. A causa de Deus ganhará muito com isso. LC 89 2 Aqueles que ocupam posições de responsabilidade deverão procurar pacientemente familiarizar outros com todas as partes do trabalho. Isso revelará que eles não desejam ser os primeiros, mas que se alegram em que outros se familiarizem com os detalhes e se tornem tão eficientes quanto eles. Aqueles que fielmente cumprem seu dever nesse aspecto, com o tempo terão ao seu lado um grande número de obreiros inteligentes que foram treinados por eles. Se resolvessem as questões segundo concepções limitadas e egoístas, ficariam quase sozinhos. -- The Review and Herald, 4 de Dezembro de 1904. LC 89 3 Líderes receiam treinar outros -- Se em nosso ministério aqueles a quem ensinamos desenvolverem energia e inteligência superiores às que possuímos, devemos ser levados a nos alegrar pelo privilégio de participar na obra de treiná-los. Mas há perigo de que alguns que estão em posição de responsabilidade, como professores e líderes, ajam como se os talentos e habilidade fossem dados apenas a eles, e que devem fazer todo o trabalho para certificar-se de que está sendo feito corretamente. São hábeis em encontrar faltas em tudo que não é produto de suas mãos. Muitos talentos são perdidos na causa de Deus porque muitos obreiros, desejando ser os primeiros, estão prontos a liderar, mas nunca a seguir. Embora investiguem e critiquem minuciosamente tudo o mais que outros fazem, estão em perigo de considerar o que sai de suas mãos como perfeito. -- The Review and Herald, 4 de Dezembro de 1904. LC 90 1 Reconhecer talentos -- Os que estão em posições de responsabilidade devem sentir que é seu dever reconhecer talentos. Devem aprender como utilizar os homens e como aconselhá-los. Se erros forem cometidos, não devem afastar-se, julgando ser mais fácil assumir todo o trabalho do que instruir outros. Os que estão aprendendo devem ser pacientemente instruídos; preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui e um pouco ali. Todo o esforço deve ser feito, por preceito e exemplo, para ensinar-lhes os métodos corretos. LC 90 2 Muitos dos que têm sobre si responsabilidades, que foram eleitos presidentes de Associações, não foram escolhidos por causa da perfeição de caráter nem por seu conhecimento superior, mas porque o Senhor demonstrou que se eles fossem humildes o suficiente para aprender e não pensassem que estavam prontos a se graduar, Ele lhes ensinaria o Seu método. -- Manuscrito 52, 1897, (3 de Junho de 1897, Desenvolvimento de Obreiros). ------------------------Capítulo 34 -- Crítica LC 91 1 Aqueles que criticam -- Aqueles que estão em posição de responsabilidade e que quase não possuem percepção conscienciosa acerca da própria conduta são os que observam mais zelosamente os erros dos outros. A posição não faz o homem. Somente por uma viva ligação com Deus o Espírito Santo é implantado no coração. Os que têm essa ligação são fiéis e verdadeiros e não trairão a confiança sagrada. -- Carta 77, 1898, p. 4, (26 de Agosto de 1898, ao irmão e irmã Waggoner). LC 91 2 Lançando sementes de dúvida e descrença -- Em anos passados têm havido aqueles que exercitaram suas habilidades e aptidões realizando o trabalho, com a ajuda do Espírito Santo que os constituiu obreiros junto com Deus. Mas têm havido também os que criticaram seu trabalho e rejeitaram as mensagens que foram por eles apresentadas. Assim também é hoje. Há aqueles que em posição de responsabilidade semeiam, através de suas palavras e ações, sementes de dúvida e descrença. Tais sementes são chamadas de joio pelo Senhor, e os que as semeiam estão sob a guia de anjos maus. Eles estão no trabalho procurando tanto aberta como secretamente contrafazer a obra que Deus designou a agentes divinos desempenharem através de agentes humanos. Todos os que fazem esse trabalho vêem com visão defeituosa e pervertida. Sua imaginação é inspirada por agentes satânicos e eles vêem muitas coisas sob uma falsa luz. A menos que se arrependam, em breve não encontrarão lugar para arrependimento como Esaú, embora o busquem cuidadosamente com lágrimas. -- Carta 87, 1896, p. 6, (25 de Agosto de 1896, a O. A. Olsen). LC 91 3 Ridicularizar avilta a alma -- Crítica, ridicularização e distorção só podem ser contemporizadas à custa da degradação da própria alma. O uso de tais armas não lhe proporciona preciosas vitórias, antes avilta a mente e separa de Deus a alma. Coisas sagradas são rebaixadas ao nível do que é comum, e é criado um estado de coisas que agrada ao príncipe das trevas e ofende o Espírito de Deus. LC 92 1 A ridicularização e a crítica deixam a alma tão destituída do orvalho da graça como destituídas estavam de chuva as colinas de Gilboa. Não se pode depositar confiança no julgamento daqueles que condescendem com a ridicularização e o engano. Não se podem considerar de peso seus conselhos ou resoluções. Você precisa ostentar as credenciais divinas antes de poder fazer decididos movimentos para dar forma à obra da causa de Deus. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 466. LC 92 2 Crítica convida crítica -- A tarefa de julgar seu irmão não foi colocada sobre nenhum homem. "Não julgueis", diz o Senhor, "para que não sejais julgados, pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também." Mateus 7:1, 2. Aquele que toma sobre si a tarefa de julgar e criticar outros, coloca-se em posição de receber crítica e julgamento na mesma medida. Os que estão prontos a condenar seus irmãos, fariam bem em examinar suas próprias obras e caráter. Tal exame, feito honestamente, revelará que também eles possuem defeitos de caráter e cometeram graves erros em seu trabalho. Se o grande Juiz lidasse com os homens como estes lidam com seus semelhantes, eles O considerariam rude e cruel. LC 92 3 "Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão", perguntou o Senhor, "porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmãos: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave de teu olho, e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão." Mateus 7:3-5. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1905. ------------------------Capítulo 35 -- Cooperação LC 93 1 Ele coopera com aqueles que cooperam com Ele -- O Senhor coloca homens em posições de responsabilidade não para fazerem sua própria vontade, mas a vontade de Deus. Ele dá sabedoria àqueles que O buscam e dEle dependem como seu Conselheiro. Desde que os homens representem os puros princípios de Seu governo, Ele continuará a abençoá-los e mantê-los como Seus instrumentos para realizar Seus propósitos concernentes ao Seu povo. Ele coopera com aqueles que cooperam com Ele. -- Manuscrito 81, 1900, p. 12, (Diário, "O Reino de Salomão"). LC 93 2 Um homem obstinado -- A obstinação é uma barreira a todo progresso. Um homem obstinado não se convencerá com facilidade de algo que sua vista não pode alcançar. Ele não sabe o que significa andar pela fé. Adere aos próprios planos e opiniões, quer sejam corretos, quer não, porque já adotou essa linha de pensamento. Pode ter abundantes razões para ver que está errado; seus irmãos podem erguer a voz contra suas opiniões e seus métodos para fazer da obra um sucesso, mas ele cria uma quase inamovível barreira contra a convicção. LC 93 3 Tal homem não deve participar de comissões ou conselhos. De fato, ele não está apto para tomar decisões importantes. Está determinado a não se deixar convencer. Não se sujeitará a homens experientes e, por conseguinte, será um estorvo em vez de um auxílio. Sugerirá sentimentos que não são sancionados pela experiência ou pelo discernimento de homens que são plenamente tão inteligentes e sábios como ele. Fará afirmações como se tivesse toda a visão posterior, e enaltecerá suas idéias como todo-suficientes. O próprio eu tem sido por tanto tempo o elemento dominante, que o desditoso homem considera uma virtude ter, segundo pensa, uma mente peculiar. Se a sua vontade não é seguida, ele levantará objeções em todas as ocasiões, tanto em pequenas como em grandes questões. Apegar-se-á a suas palavras, quer sejam verdadeiras ou inteiramente falsas. Esta prática, repetida com frequência, transforma-se num hábito confirmado e passa a fazer parte do caráter. -- Manuscrito 159, 1898, p. 1, 2, (8 de Dezembro de 1898, "Não Falar Mal de Ninguém"). LC 94 1 Os que puxam para trás -- Há sempre alguns que, quando seus irmãos estão empurrando para diante, pensam ser seu dever puxar para trás. Fazem objeções a tudo que é proposto, e combatem todo plano que não partiu deles próprios. Há ali ocasião para as pessoas desenvolverem uma indevida confiança em si mesmas. Nunca aprenderam na escola de Cristo a preciosa e todo-importante lição de se tornar manso e humilde. Não há nada mais difícil para os que são dotados de vontade forte do que desistir de suas idéias e submeter-se ao juízo dos outros. -- Obreiros Evangélicos, 446, 447. LC 94 2 É essencial cooperação e unidade -- Ninguém imagine que só os seus dons sejam suficientes para a obra de Deus, e que ele, somente, possa realizar uma série de conferências, fazendo o trabalho com perfeição. Seus métodos podem ser bons, não obstante, os diferentes talentos são essenciais. A opinião de um só homem não deve formular e estabelecer a obra de acordo com suas idéias particulares. A fim de ser estabelecida a obra com firmeza e de modo simétrico, há a necessidade de vários dons e diferentes instrumentos, todos sob a direção do Senhor. Ele instruirá os obreiros conforme suas várias habilidades. A cooperação e a unidade são essenciais na formação de um todo harmonioso, cada obreiro fazendo o trabalho que Deus designou, ocupando seu devido lugar e suprindo a deficiência de outro. Quando um obreiro fica trabalhando só, há o perigo de ele pensar que seu talento é suficiente para formar um todo completo. -- Evangelismo, 104. ------------------------Capítulo 36 -- Reprovando o erro LC 95 1 Tempo para protestar -- Quando há homens na igreja que amam mais as riquezas do que a justiça, e que estão de prontidão para levar vantagem sobre seus irmãos através de negócios injustos, não deveremos protestar? E quando homens em posição de liderança e professores trabalharem sob a influência de idéias espiritualistas e sofismas, devemos nos calar por temer ferir sua influência, enquanto pessoas estão sendo iludidas? Satanás usará todas as vantagens que puder obter para causar perplexidade e obscurecimento às pessoas em relação ao trabalho da igreja, à obra de Deus e às palavras de advertência que têm sido dadas através dos testemunhos do Seu Espírito, para proteger Seu pequeno rebanho das sutilezas do inimigo. -- Manuscrito 72, 1904, p. 6. LC 95 2 Corrigir com justiça -- Quando se torna necessário para um pastor efetuar um trabalho de correção, deve ele ser muito cuidadoso e agir com justiça e sabedoria. Ele não deve denunciar o erro rispidamente diante daqueles que não conhecem a verdade. Os não conversos julgam os servos de Deus por tais ações e concluem que essa não pode ser a obra de Deus. Os que não pertencem à nossa fé, mas estão convictos da verdade, quando vêem falta de unidade entre os pastores que afirmam ser obedientes à verdade, fecham a porta de seu coração, dizendo: "Não queremos nada dessas coisas." Assim, pelo modo de falar não santificado, pessoas são afastadas da verdade e é dado um exemplo que abre caminho para que a verdade e a justiça sejam rebaixadas ao pó. Nossos obreiros, quando tentados a falar palavras precipitadas de crítica e juízo, devem lembrar-se de que silêncio é ouro. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1907. ------------------------Capítulo 37 -- Autodisciplina LC 96 1 Domínio próprio para os que estão no comando -- Um cristão é um homem semelhante a Cristo, e pela própria razão de assumir pesadas responsabilidades, sente que é humilhante para ele ser opressivo ainda que no menor grau. Se os que estiverem no comando não tiverem domínio próprio, eles se colocarão abaixo do servo. Deus espera que o mordomo a quem honra represente o Mestre. Se ele não pode representar a paciência, a bondade, longanimidade, a honestidade e a abnegação de Cristo, se ele se esquecer de que é um servo e se exaltar, seria melhor que as pessoas o dispensassem. -- Manuscrito 115, 1899, (15 de Agosto de 1899). LC 96 2 Sentido errado -- Irmãos, não dependam do presidente de sua Associação ou do presidente da Associação Geral para pensar por vocês. Deus designou uma tarefa a cada homem. Quando os homens olham para o presidente da Associação como seu ajudador em todas as suas dificuldades, o portador de seus fardos, o conselheiro de suas perplexidades, eles estão fazendo exatamente o contrário do que Cristo lhes pediu que fizessem. -- Manuscrito 11, 1883. LC 96 3 Administradores e autodisciplina -- Sua falta de autodisciplina impede que assuma responsabilidades tais como as que você tem considerado. Isso significa muito mais do que você pensa, para alguém supor que esteja qualificado para administrar um sanatório. LC 96 4 Meu irmão, você precisa se converter e se tornar como uma criancinha. Deve temer seguir seu próprio discernimento. Caso suspeitasse de alguém que não se harmonizasse com você, causaria problemas. Quando sua vontade e métodos são contrariados, sentimentos amargos surgem em seu coração. Nutre um sentimento de ódio por aquele que julga ter cometido um erro. Esquece-se de que quando um irmão erra, você deve corrigi-lo "com espírito de mansidão, por ti mesmo, para que não sejas também tentado". Gálatas 6:1. Estamos errados em nutrir sentimentos amargos por aqueles que são possessão comprada pelo Senhor. -- Carta 285, 1905, p. 2, 3, (2 de Outubro de 1905, ao Dr. Wade). LC 97 1 Controlar-se -- Você não deve se desencorajar caso surjam provações. Não deixe que a ira o domine. Controle-se. Quando coisas que parecem inexplicáveis ocorrem, que dão a impressão de não se harmonizar com o grande Livro de Conselhos, não permita que sua paz seja perturbada. Lembre-se de que há uma Testemunha, um Mensageiro celeste a seu lado, que é seu escudo e fortaleza. Para lá você pode correr e estar seguro. Mas uma palavra de retaliação destruirá sua paz e confiança em Deus. Quem então é ferido? Você mesmo. Quem é magoado e ofendido? O Espírito Santo de Deus. LC 97 2 Em cada ocasião arme-se e equipe-se com "Está escrito". Deus é sua proteção, à direita e à esquerda. Talvez você seja tentado a falar uma torrente de palavras precipitadas, mas diga: Não; não. Não pisarei no terreno de Satanás. Como filho de Deus não sacrificarei minha paz e honra. Manter-me-ei no único caminho seguro, bem ao lado de Jesus, que tanto fez por mim. ... LC 97 3 Não se surpreenda se grandes mudanças ocorrerem. Não se admire se homens que se sentem capazes de manobrar a consciência de seus irmãos, e controlar a mente e os talentos que Deus lhes deu, retrocederem e não mais andarem com esses que crêem na verdade. A verdade exige muito deles. Quando percebem que devem morrer para o eu e praticar princípios de abnegação, ficam descontentes porque não podem compensar seu desejo ambicioso de governar outros homens. Seu verdadeiro caráter aparecerá. Alguns naufragarão totalmente na fé. "Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos", disse João, e assim será outra vez. 1 João 2:19. LC 97 4 Apegue-se à verdade, à preciosa e santificadora verdade. Estará então na melhor companhia, e o seres mais elevados estarão contemplando sua conduta. Você é "espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens". 1 Coríntios 4:9. Sob provocação, você deve se apegar à fé e a uma consciência tranqüila. "Portanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé." 1 Timóteo 1:19. -- Carta 17, 1897, (7 de Abril de 1897). LC 98 1 Disciplina pervertida -- Não se deve recorrer a medidas drásticas ao se lidar com os que erram; medidas mais suaves produzirão muito mais efeito. Lancem mão de métodos mais suaves com a maior perseverança, e se não surtirem efeito, esperem pacientemente. Jamais se apressem em desligar um membro da igreja. Orem por ele e vejam se Deus não mudará o coração do errante. A disciplina tem sido grandemente pervertida. Aqueles que têm defeitos de caráter têm sido muito apressados em disciplinar outros e, assim, toda disciplina tem caído em descrédito. Lamento dizer, mas ira, preconceito e parcialidade têm tido muito lugar para exibição, e a disciplina adequada tem sido estranhamente negligenciada. Se aqueles que lidam com os que erram tivessem o coração pleno de ternura, que espírito diferente prevaleceria nas igrejas! Que o Senhor possa abrir os olhos e suavizar o coração daqueles que têm demonstrado um espírito ríspido, não perdoador e inflexível para com aqueles que eles pensam estar em erro. Tais homens desonram seu cargo e desonram a Deus. Eles magoam o coração de Seus filhos e os compelem a clamar a Deus em sua angústia. Certamente o Senhor ouvirá o seu clamor e julgará todas essas coisas. -- The Review and Herald, 14 de Maio de 1895. LC 98 2 Controlar-se primeiro -- Aqueles que controlam outros devem aprender primeiro a controlar-se. A menos que aprendam essa lição, não poderão em seu trabalho ser semelhantes a Cristo. Devem eles submeter-se a Cristo, falando como Ele falaria, agindo como Ele agiria, com ternura e compaixão infalíveis. -- The Review and Herald, 28 de Abril 1903. ------------------------Capítulo 38 -- Auto-desenvolvimento LC 99 1 Presidentes devem sentir sua responsabilidade -- Foi-me mostrado que os presidentes de nossas Associações não estão cumprindo totalmente seu dever. Não estão se tornando cada vez mais eficientes. Sua experiência é desvalorizada, e por não exercitarem suas faculdades pelo esforço e confiarem em Deus para que Ele lhes dê eficiência, seu trabalho é deficiente em todo aspecto. A mera posse de qualificações não é suficiente; a habilidade deve ser diligentemente usada. LC 99 2 Pode ser feita alguma coisa para despertar os presidentes de nossas Associações ao senso de suas obrigações? Que eles possam perceber que sua posição de confiança apenas aumenta e intensifica sua responsabilidade. Se cada presidente sentisse a necessidade de melhorar diligentemente seus talentos em planejar métodos e recursos para incentivar os pastores a trabalhar como devem, que mudança teria lugar em cada Associação! LC 99 3 Um serviço leal por parte dos oficiais e pastores das Associações aliviaria o presidente da Associação Geral de grande parte de seu excessivo e fatigante trabalho. Falta fidelidade em grau elevado. Consideram essas pessoas que um solene exame da obra de cada homem deve em breve começar no Céu? LC 99 4 Quando o Mestre partiu, Ele deu a cada homem, em cada época e em cada geração, a Sua obra; Ele diz a todos nós: "Trabalhem até que Eu venha." Lucas 19:13. Têm os pastores pensado quão abrangentes são essas palavras? Na verdade pode haver apenas um passo entre eles e a morte. Como está o registro das responsabilidades sagradas que lhes foram confiadas para com sabedoria aperfeiçoar? Talentos mal-empregados, horas desperdiçadas, oportunidades negligenciadas, deveres não cumpridos, igrejas fracas, o não fortalecimento do rebanho do Senhor por não receber sua porção no devido tempo. LC 99 5 O que deve ser feito? Deve o presidente da Associação Geral carregar o fardo das negligências dos pastores e presidentes e chorar entre o pórtico e o altar, clamando: "Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio"? Joel 2:17. Deve ele sentir-se responsável pelo sono profundo, pela paralisia que está sobre o povo de Deus? LC 100 1 Se ele continuar a trabalhar como tem feito para acordar os descuidados e pôr em ordem as coisas que outros negligenciam, ele se tornará incapaz para o trabalho e irá para o túmulo antes do tempo. -- Manuscrito 8, 1892, (25 de Novembro de 1892, Cristo e o Sofrimento). LC 100 2 Considerar e planejar mais -- Se os oficiais de uma Associação quiserem desempenhar-se com êxito das responsabilidades que lhes são confiadas, devem orar, devem crer, devem confiar em que Deus Se sirva deles como instrumentos para manter as igrejas da Associação em bom funcionamento. Esta é a sua parte a cultivar na vinha. Precisa haver muito mais responsabilidade pessoal, precisa-se considerar e planejar muito mais, pôr muito mais vigor mental no trabalho feito para o Mestre. Isso ampliaria a capacidade mental e daria mais aguda percepção quanto ao que fazer e à maneira pela qual o executar. -- Obreiros Evangélicos, 416. ------------------------Capítulo 39 -- Exagero em assuntos de pouca importância LC 101 1 Conselho a um líder -- Eu sabia que você nunca deveria ter ido à Europa sozinho por esta razão: você dedica muito tempo a pequenos detalhes, e o trabalho que você pode fazer, e outros não, é negligenciado. Você é muito detalhista em fazer tudo de um certo modo, e pelo fato de ser tão determinado em relação ao assunto, é quase impossível alguém trabalhar com você. Se auxiliares fossem enviados à Inglaterra, você os manteria ocupados em coisas sem importância ao invés de aceitá-los e ensinar-lhes a serem úteis, a fim de que você possa sair para campos maiores. Há muito egoísmo nisso. ... LC 101 2 Não podemos dizer quem será enviado para ajudá-lo, mas eu lhe digo que seja quem for que trabalhe com você, terá que suportar severas provações, pois desejará de você aquela confiança e simpatia que tem o direito de esperar. Você permitirá que frieza, formalidade e reserva sejam distintamente vistas e sentidas. Isso ferirá a pessoa, mas muito mais a você. LC 101 3 Foi-me mostrado que você negligenciou grandes responsabilidades, enquanto deixa que sua mente se ocupe com pequenos problemas que outros podem e devem resolver tão bem quanto você mesmo. Mas a perda de alguns centavos em qualquer empreendimento lhe parece ser tão grande e o fere tanto, que você sente ser seu dever ter tudo sob sua inspeção; entretanto, muitos trabalhos bons e importantes são negligenciados por causa de coisas de menor importância. Você deve estar empenhado em planos mais amplos e na execução deles, observando atentamente qualquer talento ou influência que possa obter para incorporar ao trabalho. -- Carta 40, 1879, p. 1, 5. LC 101 4 O exemplo deve corrigir as pequenas coisas -- Você dá muita importância a coisas pequenas, enquanto que assuntos da maior importância são tratados com indiferença, porque não foi removida de sua mente toda objeção; e imprudentemente tem suscitado descrença na mente de outros que têm depositado confiança em você. Tem se interessado em coisas de menos importância nos outros, tem notado artigos de vestuário, pequenos atos, palavras e outras coisas que não devem suscitar sua reprovação nem comentários. LC 102 1 Seu exemplo santificado será a melhor maneira de corrigir tais coisas. Você tem observado essas coisas insignificantes e falado muito acerca disso, permitindo irritar-se. Mesmo que as pessoas a quem você reprovou tenham pecado, seu pecado foi maior por arbitrariamente censurá-las por essas pequenas questões, quando em muitos aspectos você é mais faltoso do que elas. -- Carta 5, 1864, p. 2, (22 de Fevereiro de 1864, ao irmão Hutchens). LC 102 2 Fazer de um átomo um mundo -- Oh, quantos poderiam fazer trabalho magnífico em dedicação e abnegação, mas estão absortos com as trivialidades da vida! Estão cegos e não podem ver muito longe. Fazem de um átomo um mundo, e do mundo um átomo. Transformaram-se em águas rasas porque não repartem com outros a água da vida. -- Evangelismo, 215. LC 102 3 Exagerando em assuntos de pouca importância -- Alguns haviam estado trazendo falsas provas, e transformado em critério único suas próprias idéias e noções, exagerando assuntos de pouca importância até torná-los em provas de discipulado cristão, e impondo cargas pesadas aos demais. Assim se introduziu um espírito de crítica, acusação e dissensão, que foi um grande prejuízo para a igreja. E deu-se aos descrentes a impressão de que os adventistas observadores do sábado eram uma seita de fanáticos e extremistas, e que sua fé peculiar os tornava rudes, descorteses e de caráter realmente anticristão. Assim o procedimento de uns poucos extremistas impediu que a influência da verdade alcançasse o povo. -- Evangelismo, 215. ------------------------Capítulo 40 -- Reuniões de comissões LC 103 1 Reunião com Deus -- Lembrem-se os que assistem a reuniões de comissões, que eles ali se reúnem com Deus, que lhes deu a sua obra. Reúnam-se com reverência e coração consagrado. Ajuntam-se para estudar questões importantes relacionadas com a causa do Senhor. Em todos os pormenores devem os seus atos mostrar que estão desejosos de conhecer a Sua vontade no tocante aos planos a serem delineados para a promoção de Sua obra. -- Testemunhos Seletos 3:196. LC 103 2 Responsáveis diante de Deus -- Que cada um dos que se assentam em concílios e reuniões de comissões escreva no coração as palavras: Estou trabalhando para o tempo e a eternidade; eu sou responsável perante Deus pelos motivos que me levam à ação. Seja esta a sua divisa. Seja sua a oração do salmista: "Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. Não inclines o meu coração para o mal." Salmos 141:3, 4. -- Testemunhos Seletos 3:198. LC 103 3 Mais oração -- Caso houvesse mais orações nos concílios dos que arcam com as responsabilidades, mais humilhação do coração a Deus, veríamos demonstrações evidentes da liderança divina, e nossa obra efetuaria progressos rápidos. -- Testemunhos Seletos 3:242. LC 103 4 Não debater questões sem importância -- É importante, em nossas reuniões de negócios, não se perder precioso tempo em debater pontos de pouca importância. O hábito da crítica mesquinha não deve ser alimentado, pois deixa as mentes perplexas e confusas, e envolve em mistério as coisas mais claras e simples. -- Obreiros Evangélicos, 447. LC 103 5 Conduzir a reunião como uma reunião de negócios -- Não percam um momento com conversas destituídas de importância, pois os negócios do Senhor devem ser efetuados de modo prático, perfeito. Se algum membro de uma comissão for descuidado e irreverente, seja ele lembrado de que se acha na presença de uma Testemunha por quem são pesados todos os atos. -- Testemunhos Seletos 3:196. ------------------------Capítulo 41 -- Finanças LC 105 1 Mordomos fiéis -- negligência é roubo -- Que todos os que temem a Deus ajudem o Senhor e mostrem-se fiéis mordomos. A verdade deve ir a todas as partes do mundo. Foi-me mostrado que muitos em nossas igrejas estão roubando a Deus nos dízimos e nas ofertas. Deus sobre eles executará justamente o que declarou. Ao obediente, dará ricas bênçãos; ao transgressor, maldição. Todo homem que comunica a mensagem da verdade às nossas igrejas deve cumprir o seu dever advertindo, educando, censurando. Toda negligência do dever, que é um roubo para com Deus, significa maldição sobre o delinquente. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 307. LC 105 2 Fidelidade na devolução dos dízimos -- Não é este um pedido do homem; é uma das ordenanças de Deus, pela qual Sua obra pode ser mantida e levada avante no mundo. Deus nos ajude a arrepender-nos. "Tornai vós para Mim", diz Ele, "e Eu tornarei para vós." Malaquias 3:7. Os homens que desejam cumprir o seu dever, têm-no declarado em linhas bem claras neste capítulo. Ninguém pode escusar-se de dar seus dízimos e ofertas ao Senhor. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 307. LC 105 3 As finanças devem ser administradas por homens de negócios -- É grande erro manter um pastor, que tem o dom de pregar com poder o evangelho, constantemente ocupado em assuntos administrativos. LC 105 4 Aquele que prega a Palavra da vida não deve permitir que demasiadas responsabilidades sejam colocadas sobre ele. Precisa tomar tempo para estudar a Palavra e examinar a si mesmo. Se ele sondar profundamente o próprio coração e consagrar-se ao Senhor, saberá melhor como compreender as coisas ocultas de Deus. ... As finanças da causa devem ser devidamente administradas por habilidosos homens de negócios; pregadores e evangelistas, porém, são separados para outro ramo de trabalho. Que a administração de assuntos financeiros seja dada a outros, que não os separados para a obra de pregar o evangelho. ... LC 106 1 Os responsáveis pela obra têm errado algumas vezes em permitir a nomeação de homens destituídos de tato nos negócios e habilidade para administrar importantes interesses financeiros. A aptidão de um homem para um cargo nem sempre o qualifica para preencher outro cargo. A experiência é muito valiosa. Deus deseja ter homens inteligentes ligados à Sua obra, homens qualificados para várias posições de confiança em nossas Associações e instituições. Necessita-se especialmente de homens de negócios consagrados, homens que conduzirão os princípios da verdade em cada transação comercial. Os que são responsáveis por assuntos financeiros não devem assumir outros encargos, encargos que eles são incapazes de desempenhar. A administração de negócios não deve ser confiada a homens incompetentes. -- The Review and Herald, 5 de Outubro de 1905. LC 106 2 Os recursos devem ser investidos com sabedoria -- Os homens que ocupam posições de confiança devem considerar como tesouro de Deus as finanças que manuseiam, e usá-las de maneira econômica. Quando há abundância na tesouraria, não devem eles investi-la na anexação de prédio e mais prédio em lugares já providos de monumentos para Deus. Centenas de outros lugares estão necessitados desse dinheiro para que eles possam ter também alguma coisa para representar a verdade. Todas as partes da vinha do Senhor devem ser trabalhadas. O poder de usar e desembolsar dinheiro do Senhor não deve ser deixado a critério de um único homem. -- Medicina e Salvação, 165. ------------------------Capítulo 42 -- Coragem LC 107 1 Homens e não meninos -- Nessas Associações precisa haver não crianças, mas homens que ajam com entendimento e assumam responsabilidades, fazendo com que sua voz seja ouvida acima das vozes dos infiéis que apresentam objeções, dúvidas e críticas. Grandes interesses não podem ser administrados por crianças. Um cristão imaturo, atrofiado em seu crescimento religioso, destituído de sabedoria do alto, está despreparado para enfrentar os ferozes conflitos pelos quais a igreja é chamada a passar. "Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão." Isaías 62:6. A menos que o pastor declare destemidamente toda a verdade, a menos que tenha em vista unicamente a glória de Deus e trabalhe sob a liderança do grande Capitão de sua salvação, a menos que avance a despeito das críticas e incontaminado pelos aplausos, será tido como vigia infiel. LC 107 2 Há alguns em que precisam tornar-se homens em vez de meninos. ... LC 107 3 Quando o Senhor suscita homens para fazer Seu trabalho, esses traem-Lhe a confiança se permitem que seu testemunho seja adaptado para agradar mentes não consagradas. Ele preparará homens para as ocasiões certas. Eles serão humildes, tementes a Deus, não conservadores nem astuciosos, mas homens de independência moral, que avancem no temor do Senhor. Serão bondosos, nobres, corteses; que não se desviem do reto caminho, mas proclamem a verdade em justiça, quer os homens ouçam ou deixem de ouvir. -- Testemunhos Para a Igreja 5:262, 263. LC 107 4 Homens de ação -- O Senhor chama homens do momento, homens que estejam preparados para pronunciar, em tempo e fora de tempo, palavras que atraiam a atenção e convençam o coração. O reino de Deus não consiste em exibições exteriores. Não se receberá luz por seguir planos egoístas, mas olhando a Jesus, seguindo a orientação de Cristo e não as suposições de homens. O reino de Deus é justiça e paz e alegria no Espírito Santo. LC 108 1 Freqüentemente acontece levantarem-se circunstâncias que exigem ação imediata. E às vezes preciosas oportunidades têm sido perdidas devido à demora. Aquele que devia ter agido prontamente achou que primeiro devia consultar a alguém que estava muito distante e que não estava familiarizado com as verdadeiras condições. Muito tempo se tem assim perdido em pedir a opinião e o conselho de homens que não estavam em condições de dar um conselho sábio. Sejam todos os obreiros de Deus guiados pela palavra da verdade que lhes aponta o dever, seguindo implicitamente a orientação que Cristo deu. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 497, 498. LC 108 2 O líder deve ter coragem para batalhar -- Deus pede que os membros das igrejas pertencentes a essas duas Associações despertem e se convertam. Irmãos, seu mundanismo, desconfianças e murmurações colocaram vocês em posição tal que será extremamente difícil para qualquer um trabalhar entre vocês. Enquanto seu presidente negligenciou sua obra e falhou no cumprimento do dever, sua atitude não serviu para prover-lhe qualquer encorajamento. Aquele que estava em posição de autoridade devia ter se portado como homem de Deus, reprovando, exortando, animando, conforme a situação exigia, quer vocês aceitassem ou rejeitassem o seu testemunho. Mas ele se desanimou facilmente e deixou vocês sem a ajuda que um fiel ministro de Cristo deveria prestar. Ele falhou em não seguir a providência de Deus e em não lhes mostrar o dever e instruí-los para atender às exigências do momento. A negligência do pastor, porém, não deveria desencorajá-los e levá-los a se desculpar pela negligência do dever. Eis por que há maior necessidade de energia e fidelidade da parte de vocês. -- Testemunhos Para a Igreja 5:281. ------------------------Capítulo 43 -- Saúde LC 109 1 Sustentar firmemente a reforma da saúde -- Os que ocupam cargo de instrutor e dirigente em nossa causa devem estar firmados no terreno da Bíblia, com relação à reforma de saúde, e dar testemunho decidido aos que crêem que estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios. LC 109 2 Foi-me mostrado que os princípios que nos foram propostos no começo da mensagem são tão importantes e devem ser considerados tão conscienciosamente hoje como o foram então. Alguns há que nunca seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. Agora é tempo de tirar a luz de sob o alqueire e fazê-la resplandecer com raios claros e brilhantes. -- Testemunhos Para a Igreja 9:158. LC 109 3 Contrários aos princípios de saúde -- Alguns crentes professos aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, ao passo que rejeitam outras que condenam suas inclinações favoritas. Essas pessoas estão contrariando a própria prosperidade, bem como a da igreja. Importa que andemos na luz, enquanto ela estiver conosco. Os que dizem crer na reforma de saúde, e contudo lhe contrariam os princípios nas suas práticas cotidianas, estão prejudicando a própria alma e deixando má impressão na mente de crentes e incrédulos. -- Testemunhos Para a Igreja 9:154. ------------------------Capítulo 44 -- Confiança em Deus LC 110 1 Confiar em Deus -- esperar pacientemente -- Aqueles que, na vanguarda do conflito, são impelidos pelo Espírito Santo a fazer um trabalho especial, freqüentemente sentirão uma reação quando a pressão for removida. O desânimo pode abalar a fé mais heróica e enfraquecer a mais firme vontade. Mas Deus compreende e ainda Se compadece e ama. Ele lê os motivos e os propósitos do coração. Esperar pacientemente, confiar quando tudo parece escuro, eis a lição que os líderes na obra de Deus necessitam aprender. O Céu não lhes faltará no dia da adversidade. Nada está aparentemente mais ao desamparo, mas na realidade mais invencível, do que a alma que sente a sua nulidade e confia inteiramente em Deus. -- Profetas e Reis, 174, 175. LC 110 2 Homens experientes, provados e tementes a Deus -- Têm-se designado cargos a homens jovens e inexperientes. Tais posições deveriam ser atribuídas a homens que obtiveram experiência nos primórdios da história da obra. Que os cargos de responsabilidade sejam dados a homens experientes, provados e tementes a Deus, homens que suportarão a mensagem de reprovação enviada por Deus. -- Carta 35, 1900, p. 1, (13 de Fevereiro de 1900, à Comissão da Associação Geral). LC 110 3 Conselho ao presidente da Associação Geral -- Irmão Olsen, por necessidade você tem muitas responsabilidades, mas não aumente seus encargos a ponto de se sentir esmagado sob seu peso. O Senhor não deseja sobrecarregar ninguém para esmagar sua vida e impedir para sempre que ele assuma qualquer responsabilidade. Nosso amorável Pai celeste diz a cada um de Seus obreiros: "Lançai sobre Mim vossos fardos e Eu vos aliviarei" e, outra vez a afirmação: "Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vós." 1 Pedro 5:7. LC 111 1 O Senhor avalia cada fardo antes de permitir que ele seja colocado sobre o coração de Seus coobreiros. Jesus suportou tristezas e fardos e Ele sabe exatamente o que isso significa. Seus olhos repousam sobre cada obreiro. O Senhor "conta o número das estrelas", e contudo "sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas". Salmos 147:4, 3. O Senhor o convida a lançar seus fardos sobre Ele, pois Ele o tem em Seu coração. LC 111 2 Desse modo, deve ter uma fé prática em Jesus e crer que Ele levará todos os fardos, pequenos ou grandes. Deve entregar suas ansiedades a Jesus e acreditar que Ele as tomará e as levará em seu lugar. ... LC 111 3 A preocupação é cega e não consegue discernir o futuro. Mas Jesus vê o fim desde o princípio e Ele tem preparado Seu caminho para trazer alívio. "Há tanto por fazer!" Sim; mas quem é o obreiro principal? Jesus Cristo, o nosso Senhor. Ele Se oferece para aliviar os fardos que carregamos, colocando-Se sob os fardos. Se permanecermos em Cristo e Ele em nós, poderemos fazer tudo por meio dAquele que nos fortalece. LC 111 4 Portanto, meu irmão, não se preocupe. Não se permita ficar horas e horas a fio em reuniões de comissões. Você precisa de descanso mental; a menos que descanse sofrerá um colapso. -- Carta 41, 1892. LC 111 5 Olhando constantemente a Jesus -- Nenhum homem possui em si mesmo poder e autoridade tão elevados que Satanás não o ataque com tentações. Quanto mais elevada for a posição de responsabilidade que um homem ocupa, mais ferozes e determinados serão os ataques do inimigo. Que os servos de Deus em todos os lugares estudem Sua Palavra, olhando constantemente a Jesus para serem transformados à Sua imagem. A plenitude inexaurível e a total suficiência de Cristo estão à nossa disposição se andarmos diante de Deus em humildade e contrição. -- Manuscrito 140, 1902, (6 de Novembro de 1902, Princípios Para Orientação de Homens em Posição de Responsabilidade). ------------------------Lições da Vida de Neemias LVN 6 1 Introdução LVN 7 1 Capítulo 01 -- Um santo propósito: reconstruir Jerusalém LVN 11 1 Capítulo 02 -- Fervorosa oração LVN 15 1 Capítulo 03 -- Prudência e previsão LVN 19 1 Capítulo 04 -- Uma noite de preparação LVN 23 1 Capítulo 05 -- Assegurando a cooperação do povo LVN 26 1 Capítulo 06 -- "Zeloso de boas obras" LVN 29 1 Capítulo 07 -- Escárnio e desânimo LVN 33 1 Capítulo 08 -- Descontentamento entre os crentes LVN 36 1 Capítulo 09 -- Perseverança corajosa LVN 39 1 Capítulo 10 -- Uma repreensão aos extorquidores LVN 44 1 Capítulo 11 -- Integridade nos negócios LVN 48 1 Capítulo 12 -- Ciladas dos pagãos -- parte 1 LVN 52 1 Capítulo 13 -- Ciladas dos pagãos -- parte 2 LVN 56 1 Capítulo 14 -- Povo instruído na Lei de Deus LVN 60 1 Capítulo 15 -- Um jejum solene LVN 65 1 Capítulo 16 -- A reforma do Sábado LVN 69 1 Capítulo 17 -- A santidade da Lei de Deus LVN 72 1 Capítulo 18 -- Separação entre Israel e os idólatras LVN 75 1 Capítulo 19 -- A necessidade de verdadeiros reformadores ------------------------Introdução LVN 6 1 De 1° de março a 12 de julho de 1904, a revista The Southern Watchman [publicada pela União formada pelas Associações do Sul dos Estados Unidos, com sede em Nashville, Tennessee] trouxe uma série de 19 artigos escritos por Ellen White, com o título "Lições da Vida de Neemias". Embora uma parte do material contido nesses artigos possa ser encontrada de forma esparsa em outras publicações, essa série concentra a atenção do leitor, e por isso se constitui numa poderosa declaração sobre a responsabilidade da liderança da igreja no contexto do reavivamento e da reforma que devem ocorrer entre o povo de Deus. LVN 6 2 Esses artigos, aqui reproduzidos como um livro, podem ajudar os leitores em geral a entender as sagradas responsabilidades que Deus tem colocado sobre os líderes de Seu povo e também servem para dar uma visão do que Deus espera de Sua igreja hoje. LVN 6 3 A oração dos Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White é para que este pequeno livro ajude a preparar tanto os líderes quanto o povo para o derramamento da chuva serôdia. ------------------------Capítulo 1 -- Um santo propósito: reconstruir Jerusalém LVN 7 1 Entre os filhos de Israel espalhados pelas terras pagãs como resultado dos setenta anos de cativeiro houve cristãos patriotas -- pessoas que eram leais aos princípios, que amavam o serviço de Deus acima de toda vantagem terrena, e honrariam a Deus mesmo que perdessem todas as coisas. Esses homens e mulheres sofreram por causa da culpa, mas na providência divina, seu cativeiro foi o meio de levá-los a posições de destaque. Seu exemplo de perfeita integridade brilhou com a glória celestial. LVN 7 2 Comparativamente, poucos judeus no cativeiro tiraram vantagem do decreto liberal de Ciro, provendo-lhes o retorno à sua terra. Mas aqueles que voltaram deram início à obra de reconstrução do templo e dos muros de Jerusalém. Esse grande empreendimento foi levado avante com muita lentidão. Anos se passaram e a obra ainda estava incompleta. Então Deus escolheu um homem especial para a ocasião, através de quem Ele trabalharia pela restauração da cidade de Seu povo escolhido. LVN 7 3 Neemias, um exilado hebreu, ocupava uma posição de influência e honra na corte persa. Como copeiro do rei, ele tinha total acesso ao rei; e em virtude dessa intimidade, além de sua grande habilidade e comprovada fidelidade, tornou-se conselheiro do monarca. Mas, mesmo numa nação pagã, cercado pela pompa e esplendor real, ele não se esqueceu do Deus de seus pais e do povo a quem haviam sido confiados os santos oráculos. Com o mais profundo interesse, o seu coração se voltava para Jerusalém; suas esperanças e alegrias estavam vinculadas com a prosperidade dela. Dias de particular aflição e prova tinham vindo à cidade escolhida. Mensageiros de Judá descreveram a Neemias sua condição. O segundo templo havia sido erigido e porções da cidade reconstruídas, mas era impedida a sua prosperidade e o serviço do templo perturbado, e as pessoas estavam em constante alarme pelo fato de que os muros da cidade ainda se encontravam em ruínas e as portas tinham sido completamente queimadas. A capital de Judá tinha se tornado um lugar desolado e os poucos moradores estavam profundamente amargurados pelas provocações dos idólatras agressores: "Onde está o seu Deus?" LVN 7 4 A alma do patriota hebreu foi oprimida por essas más notícias. Tão grande foi a sua tristeza que não pôde comer nem beber: ele chorou e lamentou por alguns dias e esteve jejuando. Passada a sua primeira reação angustiada, volveu-se em sua aflição para o infalível Ajudador. Diz o registro que ele orou "perante o Deus dos Céus" (Neemias 1:4). Sabia que a aflição que sobreviera a Israel era o resultado de sua transgressão e, com humilhação profunda, compareceu diante de Deus para pedir perdão e uma renovação do favor divino. Ele dirigiu suas petições ao "Deus dos Céus, Deus grande e terrível", pois assim o Senhor Se havia mostrado ser nos terríveis julgamentos sobre Israel. Mas com um brilho de esperança, Neemias prosseguiu: "que guardas o concerto e a benignidade para com aqueles que Te amam e guardam os Teus mandamentos" (Neemias 1:5). Para o arrependido e crente Israel, ainda havia misericórdia. LVN 8 1 Fielmente o homem de Deus apresentou a confissão de seus pecados e dos pecados de seu povo: "Estejam, pois, atentos os Teus ouvidos, e os Teus olhos, abertos, para ouvires a oração do Teu servo, que eu hoje faço perante Ti, de dia e de noite, pelos filhos de Israel, Teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que pecamos contra Ti; também eu e a casa de meu pai pecamos. De todo nos corrompemos contra ti e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo" (Neemias 1:6, 7). LVN 8 2 E então, mediante a fé que se apega firme à promessa divina, Neemias apresentou sua petição para que Deus mantivesse a causa de Seu povo penitente, restaurasse sua força e reedificasse os lugares assolados. Deus havia sido fiel em Suas ameaças quando o povo se separou dEle; Ele os espalhou entre as nações, de acordo com Sua Palavra. Neemias descobriu nesse próprio fato a certeza de que Ele seria igualmente fiel no cumprimento de Suas promessas. Seu povo havia então se volvido em penitência e fé para guardar os mandamentos divinos, e o próprio Deus havia dito que se fizessem isso, embora espalhados nos lugares mais ermos da Terra, Ele os reuniria e faria com que a luz do Seu rosto brilhasse sobre eles novamente. Essa promessa havia sido dada mais de mil anos antes; mas, no decurso dos séculos ela permaneceu imutável. A palavra de Deus não pode falhar. LVN 8 3 A fé e a coragem de Neemias fortaleceram-se enquanto ele se apegava à promessa. Sua boca estava cheia de santos argumentos. Ele destacou a desonra que seria lançada sobre Deus, se Seu povo, que finalmente havia retornado a Ele, fosse deixado em fraqueza e opressão. LVN 8 4 Neemias derramava frequentemente a alma diante de Deus em favor de Seu povo. E enquanto ele orava, um santo propósito formou-se em sua mente, de que se pudesse obter o consentimento do rei e a necessária ajuda na procura de implementos e materiais, ele próprio empreenderia a árdua tarefa de reconstruir os muros de Jerusalém, com vistas a restaurar a força nacional. Por isso, no término de sua oração, implorou ao Senhor que lhe concedesse favor perante o rei, para que esse ansiado plano pudesse ser realizado. -- The Southern Watchman, 1° de março de 1904. ------------------------Capítulo 2 -- Fervorosa oração LVN 11 1 Neemias esperara quatro meses por uma oportunidade favorável de apresentar seu pedido ao rei. Durante esse tempo, embora seu coração estivesse carregado de dor, ele procurou mostrar-se alegre na presença real. Mas no período de retraimento de Neemias, ocultas da vista dos homens, muitas foram as orações, as confissões, as lágrimas, ouvidas e testemunhadas por Deus e os anjos. Os regulamentos das cortes orientais proibiam qualquer manifestação de tristeza. Nas salas de luxo e esplendor, todos deviam parecer alegres e felizes. A tristeza não devia lançar sua sombra sobre a face de qualquer assistente da realeza. LVN 11 2 Por fim, a tristeza que oprimia o coração de Neemias não mais pôde ser ocultada. Noites insones dedicadas à oração fervorosa, dias cheios de cuidados, entenebrecidos pela sombra da esperança que se adiava, deixaram marcas sobre o seu semblante. O agudo olhar do monarca, habituado a guardar ciosamente sua própria segurança, estava acostumado a ler fisionomias e penetrar disfarces. Vendo que alguma secreta preocupação se apoderara de seu servo, inquiriu repentinamente: "Por que está triste o teu rosto, se não estás doente? Tem de ser tristeza do coração" (Neemias 2:2). LVN 11 3 A pergunta encheu o ouvinte de apreensão. Não teria ficado o rei zangado ao saber que, enquanto externamente empenhado em seu serviço, o cortesão estivera colocando seus pensamentos longe dali, junto ao seu povo afligido? Não seria o ofensor privado da própria vida? E seu acalentado plano de restaurar Jerusalém -- não estaria ele a ponto de ser aniquilado? "Então", diz ele, "temi sobremaneira." Com lábios trêmulos e olhos lacrimejantes, ele revelou a causa de sua tristeza -- a cidade, que era o lugar do sepulcro de seu pai, estava desolada, e suas portas consumidas pelo fogo. A tocante argumentação despertou a simpatia do monarca, sem lhe ferir os idolátricos preconceitos; outra pergunta abriu a oportunidade que Neemias longamente esperava: "Que me pedes agora?" (Neemias 2:4). Entretanto o homem de Deus não respondeu enquanto não pediu primeiro o apoio dAquele que é mais alto que Artaxerxes. "Então", diz ele, "orei ao Deus dos Céus" LVN 11 4 Neemias tinha uma sagrada tarefa a cumprir, e ela requeria auxílio do rei; por isso queria apresentar o assunto de tal maneira que conseguisse a aprovação e garantisse cooperação. Nessa breve oração, Neemias se introduziu na presença do Rei dos reis, e teve do seu lado um poder capaz de mudar os corações como são desviados os cursos de água. LVN 11 5 Que preciosa lição é essa para todos os cristãos. Quando expostos a dificuldades ou perigos, mesmo quando cercados por aqueles que não amam ou temem a Deus, o coração pode elevar seu clamor por ajuda, e há Alguém que Se comprometeu vir em nosso auxílio. É esse tipo de oração sobre a qual Cristo falava quando disse: "Orai sem cessar" (Lucas 18:1). Não devemos fazer da oração por socorro um substituto para o culto público, a adoração familiar ou a devoção particular; mas é um recurso à disposição do cristão, em circunstâncias em que outras formas de oração podem ser impossíveis. Os que labutam nas absorventes atividades da vida, assoberbados e quase subjugados pelas perplexidades; os que viajam por mar e por terra, quando ameaçados com algum grande perigo, podem clamar pela proteção do Céu. Sob todas as circunstâncias, em cada condição, a pessoa carregada de dor e cuidado, ou ferozmente assaltada pela tentação, pode encontrar segurança, sustento e socorro no infalível amor e poder de um Deus que cumpre Suas promessas. LVN 12 1 Todas as coisas são possíveis ao que crê. Ninguém que vá ao Senhor com sinceridade de coração, ficará desapontado. Como é maravilhoso que possamos orar eficazmente, e que mortais indignos e errantes possuam o poder de apresentar a Deus os seus pedidos! Que poder mais elevado seria possível o homem pedir do que este: estar unido ao Deus infinito? O frágil e pecaminoso ser humano tem o privilégio de falar ao Seu Criador. Pronunciamos palavras que alcançam o trono do Rei do Universo. Intimamente desabafamos o desejo de nosso coração. Então saímos e andamos com Deus, como fizeram Enoque e Neemias. LVN 12 2 Podemos falar com Jesus ao caminhar, e ouvi-Lo responder: Estou aqui exatamente à sua direita. Podemos andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exalar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo do coração. Ele se ergue acima do burburinho das ruas ou do barulho das máquinas, e chega até as cortes celestiais. Nesse momento, falamos com Deus, e nossa oração é ouvida. Cumpre-se a promessa: "Pedi, portanto; pedi, e recebereis". LVN 12 3 Neemias e Artaxerxes encontravam-se face a face -- um, servo, filho de um povo oprimido, o outro, rei do grande império do mundo. Mas infinitamente maior do que a diferença de posição era a distância moral que os separava. Neemias aceitara o convite do Rei dos reis: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo: sim, que faça paz comigo" (Isaías 27:5). A silenciosa oração que elevou ao Céu, era a mesma que dirigira por muitas semanas, para que Deus atendesse sua petição. E então, encontrando coragem no pensamento de que tinha um Amigo, onisciente e onipotente, que operaria em seu favor, o homem de Deus tornou conhecido ao rei o desejo de ser por algum tempo dispensado de seu cargo na corte, e de autorização para reconstruir os lugares assolados de Jerusalém, tornando-a mais uma vez uma cidade forte e protegida. Resultados notáveis para a cidade e a nação judaica dependiam desse pedido. "Visto que a bondosa mão de Deus estava sobre mim", disse Neemias, "o rei atendeu os meus pedidos" (Neemias 2:8, NVI). -- The Southern Watchman, 8 de março de 1904. ------------------------Capítulo 3 -- Prudência e previsão LVN 15 1 Enquanto Neemias implorava o auxílio de Deus, não cruzou os braços, julgando que não tinha mais o que fazer ou maior responsabilidade quanto a seu propósito de restaurar Jerusalém. Com admirável prudência e previsão, providenciou todos os preparativos necessários para garantir o êxito do empreendimento. Cada um de seus passos se caracterizou por grande cautela. Ele não revelou seu propósito, mesmo aos próprios compatriotas; pois embora pudessem regozijar-se com seu sucesso, Neemias temia que, por alguma indiscrição, causassem impedimento a sua obra. Alguns eram tendentes a manifestar exultação que poderia despertar ciúmes nos inimigos, e talvez gerar insucessos no empreendimento. LVN 15 2 Por ter sido tão favoravelmente recebida a sua petição feita ao rei, Neemias sentiu-se animado a pedir o auxílio necessário para levar avante seus planos. Para conferir dignidade e autoridade a sua missão, bem como para obter proteção para a viagem, conseguiu acompanhamento militar. Obteve cartas reais dirigidas aos governadores das províncias além do Eufrates, o território através do qual devia passar a caminho da Judéia; obteve também uma carta dirigida ao guarda da floresta do rei nas montanhas do Líbano, orientando-o a fornecer a madeira necessária para os muros de Jerusalém e as construções que Neemias se propunha erigir. A fim de que não houvesse ocasião para queixas de que ele se excedera no desempenho de sua missão, Neemias teve o cuidado de definir claramente a autoridade e os privilégios que lhe foram conferidos. LVN 15 3 O exemplo desse santo homem deve servir de lição a todo o povo de Deus, mostrando que não é necessário apenas orar com fé, mas trabalhar com diligência e fidelidade. Quantas dificuldades encontramos, quantas vezes colocamos obstáculos à operação da Providência em nosso favor, por julgar que a prudência, a previsão e o esforço têm pouco a ver com a religião! Esse é um erro grave. É nosso dever cultivar e exercitar toda a faculdade que nos torne obreiros mais eficientes para Deus. A consideração cuidadosa, bem como os planos bem amadurecidos são tão essenciais ao êxito dos empreendimentos sagrados hoje como no tempo de Neemias. Se todos os que se acham empenhados na obra do Senhor reconhecessem quanto depende de sua fidelidade e sábia previsão, muito maior prosperidade lhes acompanharia os esforços. Por motivo de desconfiança e timidez muitas vezes deixamos de conseguir dos poderes constituídos aquilo que é por direito alcançável. Deus operará por nós, quando estivermos dispostos a fazer o que pudermos e o que devemos fazer de nossa parte. LVN 16 1 Os homens de oração devem ser homens de ação. Os que estão dispostos e voluntários encontrarão meios e modos de trabalhar. Neemias não ficou dependendo de coisa incerta. Os meios que lhe faltavam, pediu àqueles que estavam em condições de ofertar. LVN 16 2 O Senhor move ainda o coração dos reis e governadores em favor de Seu povo. Aqueles que se acham a Seu serviço devem aproveitar o auxílio que Ele induz os homens a darem para o avanço de Sua causa. Os agentes por cujo intermédio vêm essas dádivas podem abrir caminhos por onde a luz da verdade seja levada a muitas terras entenebrecidas. Talvez esses homens não tenham simpatia alguma pela obra de Deus, nenhuma fé em Cristo, conhecimento algum de Sua Palavra; mas nem por isso suas ofertas devem ser rejeitadas. LVN 16 3 O Senhor colocou Seus bens, tanto nas mãos de descrentes, como nas de crentes; todos podem devolver-Lhe o que Lhe pertence para que seja realizada a obra que tem de ser efetuada em favor do mundo caído. Enquanto nos acharmos neste mundo, enquanto o Espírito de Deus contender com os filhos dos homens, teremos de receber e prestar favores. Temos que dar ao mundo a luz da verdade tal como se acha revelada nas Escrituras, e de receber das pessoas do mundo aquilo que Deus as impele a dar em benefício de Sua causa. LVN 16 4 A obra do Senhor poderia receber favores muito maiores do que está recebendo, se nos aproximássemos dos homens com sabedoria, familiarizando-os com a obra, e dando-lhes oportunidade de fazer aquilo que é nosso privilégio induzi-los a fazer, em favor do seu avanço. Se nós, como servos de Deus, adotarmos um procedimento sábio e prudente, Sua boa mão nos fará prosperar em nossos esforços. LVN 16 5 Talvez alguns ponham em dúvida a conveniência de receber donativos dos descrentes. Que esses perguntem a si mesmos: "Quem é o verdadeiro dono de nosso mundo? A quem pertencem suas casas e terras, e seus tesouros de ouro e prata?" Deus possui abundantes bens neste mundo, e colocou-os nas mãos de todos, tanto dos obedientes, como dos desobedientes. Ele está pronto a tocar no coração dos homens do mundo, mesmo dos idólatras, para que, de sua abundância, deem alguma coisa para o sustento de Sua obra; e Ele o fará logo que Seu povo aprenda a aproximar-Se sabiamente desses homens, chamando-lhes a atenção para aquilo que eles têm o privilégio de fazer. Se as necessidades da obra do Senhor fossem apresentadas na devida luz perante aqueles que possuem bens e influência, esses homens poderiam fazer muito para o avanço da causa da verdade presente. O povo de Deus tem perdido muitos privilégios que teriam podido aproveitar se não houvesse preferido manter-se independente do mundo. LVN 17 1 Na providência de Deus, diariamente somos postos em contato com os inconversos. Com Sua própria mão direita, Deus está preparando o caminho adiante de nós, para que Sua obra progrida rapidamente. Como colaboradores Seus, temos uma sagrada obra a fazer. Devemos ter angústia de alma pelos que estão em posição elevada; devemos levar-lhes o gracioso convite para assistir ao banquete de bodas. LVN 17 2 Embora agora quase que inteiramente em poder de homens ímpios, todo o mundo, com suas riquezas e tesouros, pertence a Deus. "Do Senhor é a Terra e a Sua plenitude" (Salmo 24:1). "Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos" (Ageu 2:8). "Meu é todo animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e Minhas são todas as feras do campo. Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude" (Salmo 50:10-12). Como seria bom se os cristãos reconhecessem mais e cada vez mais plenamente que é privilégio e dever seu, ao mesmo tempo que mantêm princípios retos, prevalecer-se de todas as oportunidades deparadas pelo Céu para avançar o reino de Deus no mundo! -- The Southern Watchman, 15 de março de 1904. ------------------------Capítulo 4 -- Uma noite de preparação LVN 19 1 As cartas reais aos governadores das províncias ao longo de seu itinerário conseguiram para Neemias recepção honrosa e pronto auxílio. E inimigo algum ousou molestar o oficial que se achava protegido pelo poder do rei persa e era tratado com notável consideração pelos regentes provinciais. A viagem de Neemias decorreu segura e próspera. LVN 19 2 Sua chegada a Jerusalém, entretanto, acompanhado de uma guarda militar, mostrando que viera no desempenho de alguma missão importante, despertou o ciúme e ódio dos inimigos de Israel. As tribos pagãs estabelecidas perto de Jerusalém haviam anteriormente nutrido inimizade contra os judeus, acumulando sobre eles todo tipo de insulto e injúria que ousavam infligir-lhes. Destacaram-se nessa má obra certos chefes dessas tribos: Sambalá, o horonita, Tobias, o amonita, e Gesém, o arábio; e daí por diante esses líderes observavam com olhos invejosos os movimentos de Neemias, procurando por todos os meios ao seu alcance frustrar-lhe os planos e impedir-lhe a obra. LVN 19 3 Neemias continuou a exercer a mesma cautela e prudência que até aí haviam marcado sua conduta. Sabendo que inimigos cruéis e decididos estavam prontos para se lhe opor, ele ocultou a natureza de sua missão até que um estudo da situação o capacitasse a formular seus planos. Assim esperava assegurar a cooperação do povo e levá-lo a trabalhar antes que a oposição dos inimigos despertasse. LVN 19 4 Neemias havia sido altamente honrado por Deus e se lhe haviam confiado grandes responsabilidades; mas nem por isso presumiu que podia agir de maneira independente e autossuficiente. Escolhendo uns poucos homens que ele sabia serem dignos de confiança, Neemias falou-lhes das circunstâncias que o levaram a Jerusalém, o que ele tinha em vista realizar, e os planos que propusera seguir. O interesse deles na tarefa foi assegurado imediatamente, bem assim sua assistência. LVN 19 5 Na terceira noite depois de sua chegada, Neemias se levantou de noite, e com alguns companheiros fiéis saiu para ver com os próprios olhos a desolação de Jerusalém. Montando em seu animal, passou de uma à outra parte da cidade, contemplando os muros arruinados e as portas da cidade de seus pais. Dolorosas reflexões encheram o espírito do patriota judeu. Lembranças da passada grandeza de Israel vinham-lhe à mente em vívido contraste com as evidências de sua humilhação. Por ter ela desrespeitado a palavra de Deus, rejeitado a reprovação e se recusado a corrigir seus caminhos, havia sido deixada sem poder e honra entre as nações. O povo por quem Deus havia operado tão maravilhosamente, brincou com seus privilégios, desprezou Seus conselhos, e uniu-se a seus inimigos, até que Ele retirou deles Sua presença e proteção especiais. LVN 20 1 Com o coração tomado de dor, o visitante que de longe viera, contemplou as arruinadas defesas de sua amada Jerusalém. E não é assim que os anjos do Céu inspecionam a condição da igreja de Cristo? Como os habitantes de Jerusalém, habituamo-nos aos males existentes, e muitas vezes ficamos satisfeitos, sem fazer nenhum esforço para remediá-los. Como, porém, são esses males considerados pelos seres iluminados divinamente? Não olham eles, como Neemias, de coração tomado de tristeza, para os muros arruinados e as portas carbonizadas? LVN 20 2 Não estão visíveis em todos os lugares os vergonhosos sinais da apostasia e a conformidade com um mundo amante do pecado e inimigo odiento da verdade? Nestes dias de escuridão e perigos, quem é capaz de pôr-se em defesa de Sião e mostrar-lhe o bem? Seu estado espiritual e esperanças não estão de acordo com a luz e privilégios concedidos por Deus. LVN 20 3 Para muitos dos professos seguidores de Cristo, são hoje aplicadas as mesmas reprovações que foram dadas ao povo de Israel, Quando o Senhor disse por intermédio de Seus profetas: "Pois que tanto amaram o afastar-se e não detiveram os pés; por isso, o Senhor Se não agrada deles, mas agora Se lembrará da maldade deles e visitará os seus pecados" (Jeremias 14:10). LVN 20 4 Em sigilo e silêncio Neemias completou o seu circuito em torno dos muros. Declarou ele: "Não souberam os magistrados aonde eu fui nem o que eu fazia: porque ainda até então nem aos judeus, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra, tinha declarado coisa alguma" (Neemias 2:16). Nesse penoso exame não desejava ele atrair a atenção nem de amigos nem de inimigos, para que não se criasse uma agitação, e surgissem boatos que pudessem derrotar, ou pelo menos estorvar sua obra. LVN 20 5 Neemias dedicou o restante da noite à oração; de manhã teria de fazer sério esforço para despertar e unir seus compatriotas desanimados e divididos. -- The Southern Watchman, 22 de março de 1904. ------------------------Capítulo 5 -- Assegurando a cooperação do povo LVN 23 1 Embora Neemias estivesse no desempenho de uma comissão real, que requeria que os habitantes cooperassem com Ele na reconstrução dos muros da cidade, preferiu ele não confiar no mero exercício da autoridade. Procurou, antes, ganhar a confiança e simpatia do povo, bem sabendo que a união de corações como de mãos era indispensável ao êxito na grande obra que empreendera. Ao convocar o povo, de manhã, apresentou argumentos calculados a despertar-lhes as energias adormecidas e unir os dispersos. LVN 23 2 Os ouvintes de Neemias não sabiam, nem ele lhes revelou, seu circuito noturno da noite anterior. Mas o fato de que ele tinha feito essa investigação contribuiu grandemente para o seu sucesso; pois sentiu-se apto a falar da condição da cidade com tanta exatidão que seus ouvintes ficaram pasmados. A impressão feita sobre ele, ao ver a fraqueza e degradação de Jerusalém, deu-lhe às palavras fervor e poder. Neemias mostrou ante o povo o seu estado de opróbrio entre os pagãos. A nação, antes tão favorecida por Deus para despertar terror de todas as nações vizinhas, havia-se agora tomado motivo de zombaria e vaias. Sua religião foi desonrada, seu Deus blasfemado. LVN 23 3 Contou-lhes que numa terra distante ele ouvira de sua aflição, que havia buscado o favor do Céu em benefício deles, e que, enquanto orava, havia-se determinado pedir permissão ao rei para poder vir em seu auxílio. Ele havia pedido a Deus que fizesse que o rei não somente desse permissão, mas também o investisse de autoridade e lhe desse o auxílio necessário para a obra; e sua oração havia sido respondida de tal maneira que lhe mostrara que o plano era do Senhor. E então, havendo mostrado que estava apoiado pela autoridade combinada do Deus de Israel e do rei persa, Neemias interrogou diretamente o povo, perguntando se aproveitariam a vantagem desta oportunidade para se levantar e reconstruir o muro. LVN 23 4 O apelo foi-lhes direto ao coração. O pensamento de como o favor do Céu se havia manifestado para com eles, envergonhou-os de seus temores, e com renovada coragem disseram a uma voz: "Levantemo-nos e edifiquemos" (Neemias 2:18). LVN 23 5 A santa energia e elevadas esperanças de Neemias comunicaram-se ao povo. Contagiados por esse espírito, ergueram-se por algum tempo ao nível moral de seu líder. Cada qual, em sua esfera, era uma espécie de Neemias; e cada um fortalecia e apoiava seu irmão na obra. LVN 24 1 Carecemos hoje de Neemias na igreja -- não de homens capazes de pregar e orar apenas, mas de homens cujas orações e sermões sejam animados de firme e sincero propósito. O procedimento seguido por esse patriota hebreu na realização de seus planos deveria ser ainda adotado pelos pastores e dirigentes. Havendo eles delineado seus planos, deveriam expô-los perante a igreja de maneira que lhes atraísse o interesse e a cooperação. Façam com que o povo compreenda os planos e tome parte na obra, e se interessem pessoalmente em sua prosperidade. O êxito que acompanhou os esforços de Neemias mostra o que podem realizar a oração, a fé e uma ação sábia e enérgica. A fé viva impele para a ação enérgica. O povo refletirá em alto grau o espírito manifestado pelo dirigente. Se os dirigentes, professando crer nas solenes e importantes verdades que devem provar o mundo hoje, não manifestam zelo ardente em preparar um povo que subsista no dia de Deus, podemos esperar que a igreja seja descuidada, indolente e amante dos prazeres. -- The Southern Watchman, 29 de março de 1904. ------------------------Capítulo 6 -- "Zeloso de boas obras" LVN 26 1 Dentre os primeiros a se contagiar com o espírito de zelo e fervor de Neemias, achavam-se os sacerdotes de Israel. Em virtude da posição de influência que ocupavam, podiam esses homens fazer muito para impedir ou promover a obra. Sua pronta cooperação logo de início, muito contribuiu para o êxito. Assim deve acontecer em todo o empreendimento santo. Os que ocupam posições de influência e responsabilidade na igreja, devem estar na dianteira na obra de Deus. Se avançarem relutantemente, outros nem se moverão. Mas "seu zelo" estimulará muitos (2 Coríntios 9:2). Se sua luz arder brilhante, mil tochas se acenderão à sua chama. LVN 26 2 A maioria dos nobres e príncipes de Israel puseram-se também nobremente à altura de seus deveres; mas houve uns poucos, os nobres tecoítas, que "não meteram o seu pescoço ao serviço de seu Senhor" (Neemias 3:5). Enquanto os construtores fiéis têm menção honrosa no livro de Deus, a memória daqueles servos negligentes é manchada de opróbrio e serve de advertência a todas as gerações futuras. LVN 26 3 Em todo movimento religioso há alguns que, ao mesmo tempo em que não podem negar ser esta a causa de Deus, mantêm-se ao longe, recusando-se a fazer qualquer esforço para fazê-la progredir. Mas em empreendimentos para promover seus interesses egoístas esses homens são muitas vezes os trabalhadores mais ativos e enérgicos. Bem conviria lembrarem-se do registro mantido lá em cima, o livro de Deus, no qual se acham escritos todos os nossos motivos e nossas obras -- aquele livro no qual não há omissões, nem erros, e pelo qual todos serão julgados. Ali será fielmente relatada toda oportunidade negligenciada de prestar serviço para Deus, e todo ato de fé e amor, por humilde que seja, será tido em lembrança eterna. Contra a inspiradora influência da presença de Neemias, o exemplo dos nobres de Tecoa teve pouco peso. O povo de forma geral foi inspirado por patriotismo e zelo. Homens de habilidade e influência organizaram as diferentes classes de cidadãos em grupos, ficando cada líder responsável pela edificação de certa parte do muro. Foi bem agradável a Deus e aos anjos ver aqueles grupos atarefados, trabalhando harmoniosamente nos caídos muros de Jerusalém, e foi um som alegre o ruído de instrumentos de trabalho desde a madrugada "até ao sair das estrelas" (Neemias 4:21). LVN 26 4 O zelo e a energia de Neemias não se abateram, agora que a obra se iniciara de fato. Não cruzou os braços, julgando que poderia depor o encargo. Com incansável vigilância, superintendia constantemente a obra, dirigindo os obreiros, observando qualquer dificuldade e tomando providências para qualquer emergência. Sua influência foi sentida constantemente em toda a extensão daqueles cinco quilômetros de muro. Com palavras oportunas, animava ele os temerosos, aprovava os diligentes ou despertava os tardios. E de novo vigiava com olhos de águia os movimentos dos inimigos, que por vezes se reuniam a distância e se empenhavam em animada conversa, como se conspirassem, e então, aproximando-se dos obreiros, tentavam desviar-lhes a atenção e estorvá-los no trabalho. Enquanto os olhos de todos os obreiros muitas vezes se dirigiam para Neemias, prontos a descobrir o menor sinal, os olhos e o coração dele se erguiam a Deus, o grande Superintendente da obra toda, Aquele que pusera no coração de Seu servo o desejo de construir. E à medida que a fé e a coragem se fortaleciam em seu coração, Neemias exclamava (e suas palavras, repetidas e ecoadas, incentivavam o coração dos obreiros em toda a linha): "O Deus dos Céus é o que nos fará prosperar!" (Neemias 2:20). -- The Southern Watchman, 5 de abril de 1904. ------------------------Capítulo 7 -- Escárnio e desânimo LVN 29 1 A restauração das defesas de Jerusalém não prosseguia sem embaraços. Satanás estava trabalhando para suscitar oposição e produzir desencorajamento. Os principais instrumentos neste movimento foram Sambalá o horonita, Tobias o amonita, e Gesém o arábio. Esses idólatras haviam exultado na frágil e indefesa condição dos judeus, zombado de sua religião e ridicularizado sua devastada cidade. E quando a obra de reconstrução dos muros foi retomada, eles, com zelo ferrenho, propuseram-se a impedir a empreitada. Para realizar esse propósito, tentaram causar divisão entre os obreiros, insinuando dúvidas e despertando descrença quanto ao seu êxito. Também ridicularizavam os esforços dos construtores, declarando que o empreendimento era uma impossibilidade, e predizendo um triste fracasso. LVN 29 2 "Que fazem estes fracos judeus?" exclamou Sambalá com zombaria; Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas (Neemias 4:2). Tobias, ainda mais desdenhoso e sarcástico, acrescentou: "Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará facilmente o seu muro de pedra" (Neemias 4:3). LVN 29 3 Os construtores do muro foram logo assediados pela mais ativa oposição. Eram obrigados a guardar-se continuamente contra as conspirações de seus insistentes adversários. Os emissários do inimigo procuravam destruir-lhes o ânimo com a circulação de falsos boatos; formaram-se conspirações sob pretextos vários, a fim de atrair Neemias para suas ciladas; e encontraram-se judeus de coração falso, dispostos a ajudar o traiçoeiro empreendimento. Além disso, espalhou-se o boato de que Neemias estava conspirando contra o monarca persa, intentando elevar-se como rei de Israel, e que todos que o ajudassem seriam considerados traidores. LVN 29 4 Emissários do inimigo, professando amizade, misturaram-se com os construtores, sugerindo modificações no plano, procurando de várias maneiras desviar a atenção dos obreiros, a fim de causar confusão e perplexidade, e despertar desconfiança e suspeita. E os planos feitos para o progresso do trabalho foram relatados por esses espias aos inimigos, e assim foram eles capacitados a trabalhar com afinco para frustrar o propósito dos edificadores. LVN 29 5 Mas Neemias continuou a buscar de Deus guia e sustento, e a tarefa prosseguiu até que as roturas começaram a desaparecer, e o muro em toda a sua extensão alcançou a metade da sua altura planejada. Vendo os inimigos de Israel quão vãos foram os seus esforços, encheram-se de ira. Até então não haviam ousado empregar medidas de violência; pois sabiam que Neemias e seus companheiros estavam agindo com apoio do rei, e temiam que uma oposição ativa contra ele pudesse levantar contra eles o seu descontentamento. Mas agora, em sua ira, eles próprios se tornavam culpados do crime de que tinham ansiosamente acusado Neemias. Reunindo-se para conselho, eles "ligaram-se entre si todos, para virem atacar Jerusalém" (Neemias 4:8). LVN 30 1 A experiência de Neemias repete-se na história do povo de Deus em nossos dias. Os que labutam na causa da verdade descobrirão que não o podem fazer sem provocar a ira dos inimigos dela. Embora tenham sido chamados por Deus para a obra em que se acham empenhados, e seu procedimento seja por Ele aprovado, não podem fugir à vergonha e ao escárnio. Serão denunciados como visionários, indignos de confiança, intrigantes, hipócritas -- tudo, enfim, que sirva ao propósito de seus inimigos. As coisas mais sagradas serão apresentadas a uma luz ridícula, a fim de divertir os ímpios. Uma pequenina dose de sarcasmo e humor vulgar, unidos à inveja, ciúmes, impiedade e ódio, é suficiente para instigar o riso do escarnecedor profano. E esses gracejadores presunçosos afiam mutuamente seu engenho, encorajando-se reciprocamente em sua obra blasfema. O desprezo e a zombaria são de fato penosos para a natureza humana; mas têm que ser suportados por todos os que são fiéis a Deus. É política de Satanás desviar assim as pessoas de realizarem a obra que o Senhor lhes impôs. LVN 30 2 Escarnecedores orgulhosos não são confiáveis; mas da mesma forma que Satanás descobriu nas cortes celestiais companheiros que simpatizavam com ele, assim esses encontrarão entre os professos seguidores de Cristo aqueles a quem podem influenciar, que neles creem honestamente, que simpatizem com eles, os defendam e se apropriem de seu espírito. Aqueles que titubeiam em quase tudo o mais se unirão em perseguir os poucos que ousam prosseguir no claro caminho de dever. E a mesma inimizade que conduz ao desdém e zombaria, inspirará, numa oportunidade favorável, medidas mais cruéis e violentas, especialmente quando os obreiros de Deus são ativos e bem-sucedidos. -- The Southern Watchman, 12 de abril de 1904. ------------------------Capítulo 8 -- Descontentamento entre os crentes LVN 33 1 Alguns dos principais homens entre os judeus ficaram descontentes e tentaram desencorajar Neemias, exagerando as dificuldades para realizar a obra ou representando o povo como já exausto pelo trabalho excessivo. E disseram, "já desfaleceram as forças dos acarretadores, e o pó é muito, e nós não poderemos edificar o muro" (Neemias 4:10). LVN 33 2 Novamente tentaram intimidar o povo levando-lhes notícias de que grandes exércitos estavam se preparando para um ataque secreto à cidade: "Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disso, nem verão, até que entremos no meio deles e os matemos; assim, faremos cessar a obra" (Neemias 4:11). Foi o auxílio e estímulo recebido dos traidores no acampamento que incentivou os inimigos de Israel a fazerem suas ameaças. E esses pérfidos relatavam as ameaças com o único propósito de apavorar e desencorajar os construtores do muro. LVN 33 3 "E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles, dez vezes nos disseram que, de todos os lugares, tornavam a nós" (Neemias 4:12). Esses alarmes foram dados por aqueles que não estavam tendo parte na obra. Esses reuniam as declarações e relatórios de seus inimigos e, trazendo-os perante os obreiros, tentavam debilitar-lhes a coragem e criar insatisfações. Então cada palavra de queixa, desconfiança, suspeita e incredulidade proferida pelos trabalhadores, com todas as conjecturas adicionais e conclusões dos inimigos foram avidamente relatadas fora dos muros e circularam entre aqueles que desprezavam os judeus e procuravam impedir sua prosperidade. LVN 33 4 As mesmas dificuldades são experimentadas por aqueles que agora estão buscando reparar a brecha na Lei de Deus. Os servos do Senhor podem esperar toda espécie de desânimo. Serão provados, não somente pela ira, pelo desprezo e a crueldade dos inimigos, mas também pela indolência, incoerência, mornidão e traição dos amigos e auxiliares. Enquanto procuramos fazer avançar a causa da verdade e preparar um povo para estar de pé no dia de Deus, somos afastados dos costumes e práticas do mundo. Mas há entre nós hedonistas, que não estão trabalhando para atingir os altos padrões dos reclamos divinos, que amam o espírito e a influência do mundo mais do que a verdade ou a prosperidade da causa de Deus. Esses elementos não consagrados são usados por Satanás para realizar seus propósitos. Embora ainda ligados com o povo de Deus, eles se unem com os inimigos e assim a obra do Senhor fica exposta aos ataques de seus mais perigosos inimigos. Os argumentos fornecidos pelos falsos amigos da verdade são empregados para destruir a confiança, a coragem e a fé dos obreiros que são tão facilmente desanimados. LVN 34 1 Mesmo alguns que parecem desejar que a causa de Deus prospere, hão de mesmo enfraquecer as mãos dos Seus servos, ouvindo, passando adiante e quase crendo nas calúnias, arrogâncias e ameaças de seus adversários. Os que parecem ser honestos são, algumas vezes, enganados pela influência de homens ambiciosos e turbulentos. Satanás opera com maravilhoso sucesso por meio de seus instrumentos; e todos os que se rendem a sua influência estão sujeitos a um fascinante poder que destrói a sabedoria do sábio e o entendimento do prudente. Por conseguinte, permitem ser prejudicados, iludidos e enganados. Por essa razão, muitos cuja vida é uma vergonha para a causa da verdade serão bem-sucedidos em despertar desconfiança e suspeita naqueles através dos quais Deus está operando. LVN 34 2 Quão ocupados numa crise estão o espírito rebelde e a língua maldosa! Quão avidamente reúnem rumores esparsos e os enviam aos mais terríveis inimigos de Deus, para transmitir notícias, como sementes de ervas daninhas, a fim de produzir sua colheita de males! E quando aparecem os resultados em desolação, desvios e apostasia, então aqueles que fazem a real obra para a qual Satanás os incitou, estão prontos a colocar a culpa sobre os fiéis obreiros a quem impediram, sobrecarregaram e afligiram. Mas a obra de cada homem está registrada nos livros celestiais e nenhum disfarce pode ocultar os motivos que os impeliram à ação. Aqueles que obedecem a Deus serão por Ele honrados. LVN 34 3 Em meio de grandes desânimos, Neemias pôs em Deus sua confiança; aí se encontra nossa defesa também. A lembrança do que Ele tem feito por nós se demonstrará um apoio em todo o perigo. "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" (Romanos 8:32). E "se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31). Por astutos que sejam os ardis de Satanás e seus agentes, Deus os pode descobrir, e anular todos os seus conselhos. -- The Southern Watchman, 19 de abril de 1904. ------------------------Capítulo 9 -- Perseverança corajosa LVN 36 1 A mais impiedosa oposição, as mais pesadas ameaças, pareciam apenas inspirar Neemias com mais firme determinação e despertá-lo para maior vigilância. "Porém nós oramos ao nosso Deus", declara ele, "e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite." "Pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus ao povo, pelas suas famílias, com as suas espadas, com as suas lanças e com os seus arcos. E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, e aos magistrados, e ao resto do povo: Não os temais; lembrai-vos do Senhor, grande e terrível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas." "E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o sabíamos e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro, cada um à sua obra. E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus moços trabalhava na obra, e a outra metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças." "Os que edificavam o muro, e os que traziam as cargas, e os que carregavam, cada um com uma mão fazia a obra e na outra tinha as armas. E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam" (Neemias 4:9, 13-18). LVN 36 2 Ao lado de Neemias ficava um trombeteiro, e nos diferentes pontos do muro foram estacionados sacerdotes portando trombetas sagradas. O povo foi espalhado em suas atividades; mas no caso de aproximação de perigo em qualquer ponto, era dado um sinal para que se reunissem para reparar ali sem mais demora. Então os sacerdotes faziam soar o alarme com as trombetas, como sinal de que Deus lutaria por eles. "Assim trabalhamos na obra", diz Neemias; "e metade deles tinha as lanças desde a subida da alva até ao sair das estrelas" (Neemias 4:21). Os que estavam morando em cidades e vilas fora de Jerusalém foram convocados para que se estabelecessem do lado de dentro dos muros, tanto para guardar a obra como para estarem prontos para a obrigação da manhã. Isso preveniria retardamento desnecessário e eliminaria a oportunidade que o inimigo, de outro modo, aproveitaria para atacar os obreiros ao irem e virem entre a casa e o trabalho, amargurando-os com preconceitos ou desencorajando-os com ameaças. LVN 36 3 Neemias e seus companheiros não se esquivaram de dificuldades ou serviço árduo. Nem de dia e nem de noite, nem mesmo nos curtos períodos concedidos para o sono, eles tiraram suas vestes ou abandonaram suas armas. "Nem eu, nem meus irmãos, nem meus moços, nem os homens da guarda que me seguiam largávamos os nossos vestidos; cada um ia com suas armas à água" (Neemias 4:23). LVN 37 1 Neemias estava envolvido com uma importante obra, que dizia respeito à prosperidade da causa de Deus. Cada esforço previamente feito para realizar a obra havia falhado por causa da falta de verdadeira fé e união de esforços entre os judeus. Os samaritanos, disfarçando sua inimizade sob pretensa fidelidade ao rei da Pérsia, haviam sido felizes em produzir descontinuidade no trabalho. O mais zeloso e sincero entre os judeus havia repetidamente sido desapontado em seus propósitos. Mas no poder de Deus, Neemias determinou-se terminantemente a não deixar que os adversários detivessem novamente os trabalhos. Os desprezadores do Deus do Céu deveriam ser desapontados. Sua política satânica não teria sucesso se o povo de Deus cerrasse as portas ao inimigo e trabalhasse harmoniosamente para levar avante o cumprimento da vontade divina. O inimigo não poderia entrar a menos que as portas fossem deixadas abertas pelos traidores. LVN 37 2 Se formos leais e verdadeiros, cada ataque do inimigo nos levará a um firme apego a Deus, e a mais determinados esforços para prosseguir com Sua obra, contra todas as influências opositoras. LVN 37 3 "Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos" (Deuteronômio 7:9). -- The Southern Watchman, 26 de abril de 1904. ------------------------Capítulo 10 -- Uma repreensão aos extorquidores LVN 39 1 Os muros de Jerusalém não haviam sido ainda completados quando a atenção de Neemias foi chamada para a infeliz situação das classes mais pobres do povo. Na condição desordenada em que se achava o país, a agricultura tinha sido um tanto negligenciada. Posteriormente, em virtude da conduta egoísta de alguns que tinham voltado para a Judeia, as bênçãos do Senhor não repousaram sobre sua terra, e houve escassez de cereais. A fim de obter alimento para suas famílias, os pobres foram obrigados a comprar a crédito, e a preços exorbitantes. Foram também compelidos a tomar dinheiro emprestado a juros, para pagar as pesadas taxas a eles impostas pelos reis da Pérsia. O povo de Israel não estava então desfrutando prosperidade, como quando o Senhor os abençoara em sua obediência. Por causa dos seus pecados, a proteção divina havia sido removida e o Senhor permitiu que outras nações os sujeitassem. Sob o governo de reis idólatras, impostos pesados foram colocados sobre eles; propriedade, liberdade e vida pareciam à mercê desses ímpios poderes. LVN 39 2 Conquanto eles não tivessem nenhum pensamento de revoltar-se contra o rei da Pérsia, haviam esperado, através de arrependimento e reforma, reobter o favor de Deus e ter restaurada sua liberdade primitiva. Mas suas esperanças não foram concretizadas. O dinheiro para o tributo do rei deveria ser recolhido a seu tempo. Para acréscimo à angústia dos pobres, os mais ricos entre os judeus tinham tomado vantagem de suas necessidades, enriquecendo-se dessa maneira, lançando hipotecas sobre as terras dos pobres, e acrescentando-as às suas próprias enormes propriedades. Eles também exigiam usura de todo o dinheiro emprestado. Esse procedimento logo reduziu os infelizes devedores à mais profunda pobreza, e muitos tinham sido forçados a vender seus filhos e filhas como escravos. Parecia não haver esperança de que sua condição melhorasse, nem possibilidade de redimirem a seus filhos ou suas terras, nem qualquer outra perspectiva diante deles, exceto o perpétuo cativeiro. No entanto, eles eram da mesma nação, filhos do mesmo concerto, como seus irmãos mais favorecidos. Eles tinham a mesma afeição por seus filhos como os demais. Sua agonia não havia sido causada por indolência ou desperdício. Foram sim compelidos a contrair dívidas por causa da falta de colheitas e por pagarem pesadas taxas. LVN 40 1 Como último recurso, apresentaram seu caso diante de Neemias. O coração desse homem de Deus estava cheio de indignação enquanto ouvia sobre a cruel opressão existente entre o próprio povo. Ele resolveu que deveria ser feita justiça; mas não agiu imprudentemente no caso. Sentiu que Deus havia posto sobre ele grandes responsabilidades e que precisava ser fiel ao que lhe fora confiado. "Ouvindo eu, pois, o seu clamor e estas palavras", ele diz, "muito me enfadei. E considerei comigo mesmo no meu coração" (Neemias 5:6, 7). Ele tomou tempo para considerar bem o assunto e fazer planos. Com característica energia e determinação, ele exerceu sua influência e autoridade para o alívio de seus irmãos oprimidos. LVN 40 2 O fato de que os opressores eram homens ricos, cujo apoio era grandemente necessário na obra de restauração da cidade e suas defesas, nem por um momento influiu em Neemias. Severamente ele repreendeu os nobres e juízes; e havendo reunido uma grande assembleia do povo, apresentou diante deles o que Deus pedia no tocante ao caso e chamou a atenção de seus ouvintes. LVN 40 3 Fatos semelhantes ocorreram no reinado do infiel rei Acaz, e Deus enviou uma mensagem a Israel, repreendendo sua crueldade e opressão. Os filhos de Judá, em virtude de sua idolatria, tinham sido entregues às mãos de seus irmãos ainda mais idólatras, o povo de Israel. Estes tinham suscitado a inimizade daqueles por terem causado a morte em batalha a muitos milhares de homens de Judá, e tinham-se apoderado de todas as mulheres e crianças, com o propósito de conservá-las em cativeiro, ou vendê-las como escravas aos pagãos. LVN 40 4 Por causa dos pecados de Judá, o Senhor não Se havia interposto para impedir a batalha; mas pelo profeta Obede Ele repreendeu o cruel desígnio do exército vitorioso: "Cuidais em sujeitar a vós os filhos de Judá e Jerusalém, como cativos e cativas; porventura não sois vós mesmos aqueles entre os quais há culpas contra o Senhor vosso Deus?" (2 Crônicas 28:10). E o profeta [Obede] advertiu o povo de Israel de que a ira do Senhor estava inflamada contra eles, e que sua conduta de injustiça e opressão acarretaria Seus juízos. Ouvindo essas palavras, os homens armados deixaram os cativos e o espólio perante os príncipes e toda a congregação. Então alguns líderes da tribo de Efraim "tomaram os presos, e vestiram do despojo a todos os que dentre eles estavam nus, e os vestiram, e os calçaram, e lhes deram de comer e de beber, e os ungiram; e a todos os que estavam fracos levaram sobre jumentos, e os trouxeram a Jerico, à cidade das palmeiras, a seus irmãos" (2 Crônicas 28:15). LVN 41 1 Neemias desejava levar os ofensores a ver o real caráter de sua opressiva obra e envergonhar-se disso. "E disse-lhes: Nós resgatamos os judeus, nossos irmãos, que foram vendidos às gentes, segundo nossas posses; e vós outra vez venderíeis vossos irmãos ou vender-se-iam a nós?" (Neemias 5:8). Neemias e outros haviam redimido alguns dos judeus que tinham sido vendidos aos pagãos, e ele então colocou sua conduta em contraste com a dos que por amor de lucros mundanos estavam escravizando seus irmãos. O temor de Deus deveria impedi-los de cometer tal injustiça. LVN 41 2 Neemias declarou aos governantes judeus, alguns dos quais eram culpados dessas práticas, que em lugar de julgar e punir outros criminosos, eles deveriam investigar seu próprio procedimento e cessar de uma vez por todas sua extorsão iníqua, por temor de tornar-se um opróbrio mesmo entre os pagãos. LVN 41 3 Neemias mostrou-lhes que ele próprio, estando investido da autoridade do rei da Pérsia, podia ter requerido grandes contribuições para o seu benefício pessoal. Mas em vez disso, não havia tomado nem mesmo o que de justiça lhe pertencia, e havia doado liberalmente para socorrer os pobres em suas necessidades. Os exploradores não tinham, portanto, a menor razão para prosseguirem com essa prática. Ele repreendeu fortemente os juízes judaicos que eram culpados de extorsão, para que pusessem fim a essa obra iníqua, restituíssem as terras dos pobres, bem como o dinheiro que lhes haviam arrancado com as excessivas taxas de juros; e que lhes emprestassem sem hipoteca ou usura. LVN 41 4 "Então, disseram: restituir-lho-emos e nada procuraremos deles; faremos assim como dizes. Então chamei os sacerdotes e os fiz jurar que fariam conforme esta palavra" (Neemias 5:12). -- The Southern Watchman, 3 de maio de 1904. ------------------------Capítulo 11 -- Integridade nos negócios LVN 44 1 Esta parte da história sagrada é nos dada como uma importante lição. Os que professam amar e temer a Deus, devem nutrir simpatia e amor uns pelos outros, e proteger os interesses dos outros como se fossem seus. Os cristãos não devem regular sua conduta pelos padrões do mundo. Em todas as épocas, o povo de Deus é tão distinto dos mundanos quanto a sua profissão é mais elevada que a do incrédulo. Todo o povo de Deus na Terra é um corpo, desde o princípio até o fim do tempo. LVN 44 2 "O amor do dinheiro é a raiz de todo o mal" (1 Timóteo 6:10). Nesta geração, o desejo de ganho é paixão absorvente. Se a riqueza não pode ser assegurada por meio de trabalho honesto, os homens recorrerão à fraude a fim de obtê-la. Viúvas são roubadas em seus escassos recursos, e pobres são levados a sofrer pela falta de coisas indispensáveis à vida. Isso ocorre para que os ricos possam manter sua extravagância ou satisfazer seu desejo de acumular bens. LVN 44 3 O terrível registro de crime em nosso mundo é suficiente para gelar o sangue e encher a alma de pavor. O fato de que, em maior ou menor grau, existem os mesmos pecados entre aqueles que professam piedade exige um profundo exame do coração e cuidadosa ação dos seguidores de Cristo. Os crimes que são cometidos por causa do amor à exibição e ao dinheiro transformam este mundo num covil de ladrões e salteadores. Mas os cristãos são peregrinos na Terra; estão em terra estranha, parando, por assim dizer, por apenas uma noite. Eles não devem ser influenciados pelos mesmos motivos e desejos daqueles que têm seu lar e tesouro aqui. Deus planejou que nossa vida representasse a vida de nosso grande Modelo Jesus: assim como Ele devemos viver para fazer o bem aos outros. LVN 44 4 Os costumes do mundo não são norma para o cristão. Ele não deve imitar suas práticas sutis, suas astúcias, suas extorsões nem em pequenos negócios. Todo ato injusto para com o próximo, mesmo que ele seja um pecador impenitente, é uma violação da regra áurea. Cada erro praticado em relação aos filhos de Deus, é feito ao próprio Cristo na pessoa de Seus santos. Toda tentativa de tirar vantagem da ignorância, fraqueza ou infortúnio dos outros é registrada como fraude nos livros do Céu. LVN 45 1 Aquele que sinceramente teme a Deus, preferiria antes labutar dia e noite e comer o pão da pobreza, a condescender com a paixão do ganho que oprima a viúva e o órfão, ou prive o estrangeiro do seu direito. Nosso Salvador procurou desse modo convencer os ouvintes de que, se alguém tirasse proveito em defraudar o próximo nas coisas mínimas, também faria o mesmo em negócios mais importantes, caso tivesse oportunidade. O menor deslize da estrita retidão destrói os obstáculos de ordem moral e predispõe o coração para injustiças maiores. Cristo nos ensinou, por preceito e exemplo, que nosso procedimento para com os semelhantes se deve caracterizar pela mais perfeita integridade. Diz o divino Mestre: "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós" (Mateus 7:12). LVN 45 2 Exatamente na medida em que o homem se beneficia à custa do semelhante, seu coração se tomará endurecido à influência do Espírito de Deus. O ganho assim obtido é uma perda terrível. É melhor padecer necessidade do que mentir; melhor passar fome do que defraudar; melhor morrer do que pecar. Extravagância, excessos e extorsões estão corrompendo a fé de muitos, e destruindo sua espiritualidade. A igreja é em grande medida responsável pelos pecados dos seus membros. Ela encoraja o mal se deixa de levantar a voz contra isso. A influência mais temida pela igreja não é a dos francos opositores, dos infiéis e blasfemos, mas a dos incoerentes professos seguidores de Cristo. Esses são os que afastam de Israel as bênçãos de Deus. LVN 45 3 Todos aqueles que desejam formar um caráter que os habilite para o Céu, devem ser cristãos bíblicos. Eles devem ser diligentes no estudo do Mapa que conduz à vida. De maneira cuidadosa e com oração devem examinar os motivos que os levam à ação. O mundo dos negócios não está fora dos limites do governo de Deus. O cristianismo não deve ser meramente mostrado no sábado e exibido no santuário; é para todos os dias da semana e todos os lugares. Seus reclamos devem ser reconhecidos e obedecidos em cada ato da vida. Homens que possuem o genuíno artigo da verdadeira religião revelarão em todas as suas transações comerciais tão clara percepção do direito como quando oferecem suas súplicas diante do trono da graça. LVN 45 4 Deus não pode ser excluído de qualquer transação na qual os direitos de Seus filhos estejam envolvidos. Sobre cada um que O serve com sinceridade, Sua mão está estendida como um escudo. Ninguém pode ferir o mais humilde discípulo de Jesus, sem golpear a mão que sustenta a espada da justiça. LVN 45 5 O apóstolo Tiago, antevendo os últimos dias, dirigiu uma solene e temível advertência à aqueles que têm ajuntado riquezas mediante fraude e opressão: "Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor" (Tiago 5:1-4). -- The Southern Watchman, 10 de maio de 1904. ------------------------Capítulo 12 -- Ciladas dos pagãos -- parte 1 LVN 48 1 Sambalá, Tobias, e seus aliados não ousavam fazer guerra aberta aos judeus; mas com crescente malícia continuaram os seus secretos esforços para os desencorajar, perturbar e injuriar. O muro em torno de Jerusalém estava se encaminhando para a conclusão. Quando estivesse concluído e suas portas assentadas, esses inimigos de Israel não poderiam esperar forçar entrada na cidade. Estavam, pois, desejosos de fazer o máximo para deter a obra o quanto antes. Por fim imaginaram um plano pelo qual esperavam afastar Neemias, do seu posto e uma vez tendo-o em seu poder matá-lo ou aprisioná-lo. LVN 48 2 Sob o pretexto de conseguir um acordo entre as partes em oposição, eles procuraram uma conferência com Neemias, e convidaram-no a se encontrarem numa vila na planície de Ono. Mas esclarecido pelo Espírito Santo quanto ao real propósito que tinham em vista, ele recusou. "Enviei-lhes mensageiros a dizer", ele escreve: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?" (Neemias 6:3). Mas os tentadores foram persistentes. Quatro vezes enviaram mensageiros com a mesma missão, e quatro vezes receberam idêntica resposta. LVN 48 3 Verificando que esse esquema não funcionou, eles decidiram tentar um plano mais ousado. Sambalá enviou a Neemias um portador com uma carta aberta em que dizia: "Entre as gentes se ouviu e Gesém diz que tu e os judeus intentais revoltar-vos, pelo que edificas o muro; e que tu te farás rei deles segundo estas palavras; e que puseste profetas para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá. Ora, o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente" (Neemias 6:6, 7). LVN 48 4 Fosse verdade que tais boatos estavam circulando, e teria havido motivos para apreensão; pois logo o informe teria sido levado ao rei, que poderia determinar as mais severas medidas ante uma leve suspeita. Mas Neemias estava convicto de que a carta era inteiramente falsa, escrita para suscitar seus temores e fazê-lo cair no laço. Essa conclusão foi fortalecida pelo fato de que a carta havia sido enviada aberta, evidentemente para que as pessoas pudessem ler o que continha e ficarem alarmadas e intimidadas. LVN 49 1 Neemias prontamente enviou a resposta: "De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu, mas tu do teu coração o inventas." Neemias não ignorava os ardis de Satanás. Ele sabia que o que se fazia eram tentativas de enfraquecer as mãos dos construtores, e assim frustrar-lhes os esforços. Ele se voltou à Fonte do poder com a oração. "Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos" (Neemias 6:8, 9). LVN 49 2 Vez após vez, Satanás havia sido derrotado; e agora, com mais profunda malícia e esperteza, ele tramou para o servo de Deus um ardil mais sutil e perigoso. Sambalá e seus companheiros assalariaram homens que professavam ser amigos de Neemias, para que lhe dessem maus conselhos como se partissem do Senhor. O mais empenhado nessa obra iníqua era Semaías, homem anteriormente considerado de boa reputação por Neemias. Esse homem fechara-se numa câmara próxima ao santuário, como se temendo estar a sua vida em perigo, e Neemias foi até lá para entrevistar-se com ele, como alguém especialmente favorecido por Deus. O templo estava então protegido por muros e portas, mas as portas da cidade ainda não tinham sido postas. Fingindo grande preocupação pela segurança de Neemias, Semaías aconselhou-o a buscar refúgio no templo. "Vamos juntamente à casa de Deus", ele propôs, "ao meio do templo, e fechemos as portas do templo, porque virão matar-te; sim, de noite virão matar-te" (Neemias 6:10). A destemida resposta de Neemias foi: "Um homem, como eu, fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo e viva? De maneira nenhuma entrarei" (Neemias 6:10, 11). LVN 49 3 Tivesse Neemias seguido esse conselho traiçoeiro, estaria sacrificando sua fé em Deus, e teria aparecido aos olhos do povo como covarde e desprezível. Espalhar-se-ia o alarme entre o povo e cada um teria procurado sua própria segurança, ficando a cidade desprotegida, vindo a cair presa dos seus inimigos. Esse procedimento desavisado da parte de Neemias seria uma virtual entrega de tudo o que tinha sido alcançado. LVN 49 4 Neemias não demorou a perceber o verdadeiro caráter e objetivo do seu conselheiro. "Conheci que eis que não era Deus quem o enviara", ele diz; "mas esta profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram. Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que eu assim fizesse e pecasse, para que tivessem alguma causa a fim de me infamarem e assim me vituperarem" (Neemias 6:12, 13). LVN 49 5 Em vista da importante obra que ele tinha assumido, mais a integridade de seu caráter e a confiança em Deus que ele professava sentir, seria altamente incoerente para ele ocultar-se receoso. A preservação da própria vida não seria desculpa para tal comportamento. O infamante conselho dado por Semaías fora apoiado por mais que um homem de alta reputação, que, enquanto professando amizade por Neemias, estavam secretamente aliados com seus inimigos. As mulheres também, conquanto pretendendo haver recebido grande luz de Deus, venderam-se de maneira vil para servir à causa dos pagãos. Neemias orou para que Deus registrasse seus maus desígnios e os recompensasse de acordo com suas obras. -- The Southern Watchman, 17 de maio de 1904. ------------------------Capítulo 13 -- Ciladas dos pagãos -- parte 2 LVN 52 1 Apesar das ciladas dos inimigos, abertas ou secretas, a obra de reconstrução prosseguiu firmemente, e em menos de dois meses desde a chegada de Neemias a Jerusalém, a cidade havia sido circundada de defesas, e os construtores podiam andar sobre os muros e olhar lá embaixo os seus inimigos atônitos e derrotados. "Ouvindo-o todos os nossos inimigos, temeram todos os gentios que havia em roda de nós e abateram-se muito em seus próprios olhos", escreveu Neemias; "porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra" (Neemias 6:16). LVN 52 2 Mas nem mesmo essa evidência da mão controladora do Senhor fora suficiente para conter o descontentamento, a traição e rebelião entre os israelitas. "Alguns nobres de Judá escreveram muitas cartas, que iam para Tobias, e as cartas de Tobias vinham para eles. Porque muitos em Judá se lhe ajuramentaram, porque era genro de Secanias" (Neemias 6:17, 18). Aqui se veem os maus resultados do casamento com idólatras. Nessa aliança, Satanás pensava sair vitorioso. Uma família de Judá se aparentara com os inimigos de Deus, e essa relação havia-se provado uma armadilha. Muitos outros haviam feito o mesmo. Esses, como a multidão mestiça que viera com Israel do Egito, foram uma fonte de contínua perturbação. Eles não eram sinceros em seu serviço; e quando a obra de Deus demandou sacrifício, mostraram-se prontos para violar seu solene juramento de cooperação e ajuda. Tudo isso tendia a enfraquecer e desencorajar aqueles que procuravam edificar a causa de Deus. LVN 52 3 Alguns que haviam estado na dianteira em planejar ciladas contra os judeus, e se esforçaram por todos os meios possíveis para causar sua ruína, manifestavam agora o desejo de estar em boa paz com eles. Os nobres de Judá que haviam sido enredados em casamentos idólatras, e que tinham mantido traiçoeira correspondência com Tobias, jurando servi-lo, apresentavam-no agora como um homem de habilidade, sabedoria e vistas largas, com quem uma aliança seria de grande vantagem para os judeus. Ao mesmo tempo, traiçoeiramente lhe levavam os planos e movimentos de Neemias. Assim era a obra de Deus exposta aos ataques dos seus inimigos, dando-se oportunidade a que as palavras e atos de Neemias fossem mal interpretados e sua obra embaraçada. Mas a autoridade que ele havia exercido em favor dos seus concidadãos oprimidos não a exerceu depois em proveito próprio. Seus esforços tinham sido resistidos por alguns com ingratidão e deslealdade, mas ele não usou o seu poder para levar punição aos traidores. Com a calma e altruísmo prosseguiu no serviço em favor do povo, jamais afrouxando os esforços ou permitindo que o interesse diminuísse. LVN 53 1 Os assaltos de Satanás sempre têm sido dirigidos contra os que têm procurado promover a obra e a causa de Deus. Embora muitas vezes frustrado, ele renova seus ataques. Mas o que é mais de temer é a sua secreta operação. Os advogados da verdade esperam oposição feroz e cruel de seus inimigos abertos; a oposição aberta pode ser feroz e cruel, mas traz em si muito menos perigo para a causa de Deus que a inimizade secreta dos que, enquanto professando servir a Deus, são servos cordiais de Satanás. Embora aparentemente ligados à obra de Deus, muitos estão unidos a seus inimigos; e se de algum modo seus planos sofrerem interferência ou se reprovarem seus pecados, eles granjearão o favor dos inimigos da verdade e se descobrirão todos os planos dos servos de Deus e as operações de Sua causa. Esses têm em seu poder colocar toda vantagem nas mãos dos que usariam seu conhecimento para embaraçar a obra de Deus e lesar Seus servos. Desse modo, esses homens de mente dupla e duplo propósito pretendem servir a Deus, mas passam para o lado do inimigo e o servem como melhor aprouver às suas inclinações. LVN 53 2 Todo artifício que o príncipe das trevas pode sugerir será empregado para induzir os servos de Deus a formar uma aliança com os agentes de Satanás. Repetidas solicitações virão chamá-los do dever; mas como Neemias, eles devem firmemente responder: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer" (Neemias 6:3). Não temos tempo para buscar o favor do mundo, ou mesmo defender-nos de suas declarações enganosas e calúnias. Não temos tempo a perder nos defendendo. Precisamos manter-nos firmemente em nosso trabalho e deixar de refutar as falsidades que a malícia possa inventar para dano nosso. Os difamadores se multiplicarão se pararmos para responder-lhes. Também não devem eles permitir que seus inimigos lhes conquistem a amizade e a simpatia, e assim induzi-los a desviarem-se do posto do dever. Aquele que por qualquer ato desavisado expõe a causa de Deus à vergonha, ou enfraquece as mãos dos seus coobreiros, põe sobre o próprio caráter uma nódoa não facilmente removível, e coloca um sério obstáculo no caminho de sua futura prestatividade. LVN 53 3 As tentações mais perigosas proveem de professos servos de Deus e de nossos amigos. Quando pessoas que estão unidas ao mundo e, ainda professam grande piedade e amor, aconselham os fiéis obreiros de Deus a serem menos zelosos e mais conservadores, nossa resposta deve ser apelar para a Palavra de Deus. Quando os que se estão unindo com o mundo reclamam união com os que sempre foram opositores da causa da verdade, devemos temer e evitá-los tão decididamente como o fez Neemias. Os que se desviam dos velhos marcos para formar uma conexão com os ímpios, não são enviados pelo Céu. Qualquer que possa ter sido sua primitiva posição, seu comportamento presente tende a perturbar a fé do povo de Deus. LVN 54 1 Esses conselheiros são movidos por Satanás. Eles são servidores de ocasião. Os testemunhos, reprovações e advertências dos servos de Deus não lhes são agradáveis, mas uma censura às suas propensões de amantes dos prazeres mundanos. Deveríamos evitar essa classe tão resolutamente como fez Neemias. LVN 54 2 Quando importunados com os argumentos e sugestões desses conselheiros, seria bom inquirirmos: "Deveria eu, como um cristão, um filho de Deus; como alguém chamado para ser a luz do mundo, um pregador de justiça; que tem tão frequentemente expresso minha confiança na verdade e no caminho pelo qual Deus nos conduz; unir minha influência com a daqueles que amargamente se opõem ao trabalho de Deus? Deveria eu, um mordomo dos mistérios divinos, revelar a Seus piores inimigos os conselhos de Seu povo? Esse procedimento não incentivaria os ímpios em sua oposição à verdade de Deus e ao Seu povo guardador da aliança? Não poderia tal concessão evitar que eu abra meus lábios em exortação, advertência ou rogos em minha própria família ou na igreja de Deus? Se Paulo ou Pedro fosse colocado em circunstâncias similares, trairiam o sagrado legado? E se os mundanos nos desprezarem? Não seriam eles escarnecidos por se desviarem do trabalho de uma vida toda por dificuldades ou perigos?" LVN 54 3 Satanás operará por todo e qualquer meio que possa empregar para desencorajar os ativos servos de Deus. Se o pastor puder ser desviado de seu dever, então o caminho fica livre para os lobos espalharem e devorarem as ovelhas. LVN 54 4 Cada sucesso da verdade desanima os inimigos de Deus, e eles algumas vezes são forçados a reconhecer que esta é Sua obra, enquanto a odeiam com todas as forças do seu ser. Os falsos irmãos continuarão a aumentar. Aqueles a quem Deus tem enviado advertências e reprovações, mas que, rejeitando as mensagens enviadas pelo Céu, dão ouvidos aos conselhos de Seus inimigos, constituem-se nos mais fortes tentadores de Seus servos fiéis. "Os que deixam a lei louvam o ímpio" (Provérbios 28:4). -- The Southern Watchman, 24 de maio de 1904. ------------------------Capítulo 14 -- Povo instruído na Lei de Deus LVN 56 1 Enquanto Neemias trabalhava diligentemente para restaurar as defesas físicas de Jerusalém, ele não se esqueceu que o Deus de Israel era sua única e segura defesa, e que apenas em obediência aos Seus mandamentos estariam eles seguros. Ele, por conseguinte, deu diligente atenção à instrução do povo na Lei de Deus. LVN 56 2 Era o tempo da Festa das Trombetas. Muitos estavam reunidos em Jerusalém. "Todo o povo se ajuntou [...], na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel. E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de homens como de mulheres e de todos os sábios para ouvirem, no primeiro dia do sétimo mês. E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, [...] e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da Lei" (Neemias 8:1-3). LVN 56 3 "E Esdras louvou o Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o Senhor, com o rosto em terra." Alguns dos sacerdotes e levitas uniram-se com Esdras na explicação dos princípios da lei. "E leram o livro, na lei de Deus; e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse" (Neemias 8:6, 8). LVN 56 4 O cenário dava uma impressão lastimável. O muro de Jerusalém tinha sido reconstruído, e as portas assentadas; assim uma grande vitória havia sido alcançada, mas uma grande parte da cidade estava ainda em ruínas. Sobre uma plataforma de madeira, erguida numa das ruas mais largas, e rodeado por todos os lados por tristes lembranças da antiga glória de Judá, estava Esdras, agora envelhecido. A sua direita e a sua esquerda reuniram-se seus irmãos levitas, consagrados ao serviço de Deus, e aqueles cuja presença emprestava dignidade e solenidade à ocasião. Com os corações pesarosos pensavam nos dias de seus antepassados, quando o salmista real cantara: "Rodeai Sião; cercai-a; contai as suas torres; notai bem os seus antemuros; observai os seus palácios" "Formoso de sítio e alegria de toda a Terra é o monte Sião sobre os lados do Norte, a cidade do grande Rei" (Salmo 48:12, 13, 2). LVN 57 1 Olhando do alto da plataforma, seus olhos percorreram o mar de cabeças. Os filhos do concerto tinham-se congregado de todos os recantos do país. Eles ouviam, absortos e reverentes, as palavras do Altíssimo. LVN 57 2 Mas mesmo aqui a evidência de seus pecados era aparente. Em seu relacionamento com outras nações, o idioma hebraico tornou-se corrompido e, portanto, grande cuidado era necessário da parte dos expositores para explicar a Lei na linguagem do povo, apresentando-a de modo a ser compreendida por todos. LVN 57 3 Sendo a lei explicada, eles se convenceram de sua culpa, e choraram por causa de suas transgressões. Mas esse era um dia festivo, uma santa convocação, um dia no qual o Senhor tinha ordenado ao povo que se mostrasse alegre e jubiloso; e em vista disto foram chamados a restringir suas mágoas, e a se rejubilarem por causa da grande misericórdia do Senhor para com eles. "Este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus", disse Neemias, "portanto não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força" (Neemias 8:9, 10). LVN 57 4 A primeira parte do dia fora devotada a exercícios religiosos, e o povo despendeu o resto do tempo em grata reconsideração das bênçãos de Deus, e em desfrutar a abundância que Ele provera. Porções foram também enviadas aos pobres que nada tinham para preparar. Houve grande regozijo, por causa das palavras da lei que haviam sido lidas e entendidas. No dia seguinte, a leitura e explicação da lei teve prosseguimento. E no tempo indicado -- no décimo dia do sétimo mês -- realizaram-se as solenes cerimônias do dia da expiação, de acordo com a ordenação de Deus. Do décimo quinto ao vigésimo segundo dia do mesmo mês, o povo e seus chefes guardaram uma vez mais a Festa dos Tabernáculos. LVN 57 5 "E fizeram passar pregão por todas as suas cidades e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte e trazei ramos de oliveira, e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito. Saiu, pois, o povo, e de tudo trouxeram e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da casa de Deus. [...] E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fez cabanas e habitou nas cabanas; porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria. E, de dia em dia, ele [Esdras] lia o livro da Lei de Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro" (Neemias 8:15-18). -- The Southern Watchman, 31 de maio de 1904. ------------------------Capítulo 15 -- Um jejum solene LVN 60 1 Quando a Festa dos Tabernáculos terminou, tendo passado apenas um dia, os filhos de Israel proclamaram um jejum solene. Ele foi observado não meramente por causa da ordem dos governantes, mas pelo desejo do povo. Ao atentar dia a dia para as palavras da lei, o povo ficara convencido de suas transgressões, e dos pecados de sua nação em passadas gerações. Viram que fora por causa do afastamento de Deus que Seu cuidado protetor tinha sido retirado, e que os filhos de Abraão tinham sido espalhados pelas terras estrangeiras; e se determinaram buscar Sua misericórdia e empenharem-se em andar nos Seus mandamentos. LVN 60 2 Antes de iniciarem essa solene cerimônia, eles se separaram dos pagãos que havia entre eles. Isso feito, "levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia; e, na outra quarta parte, fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus" (Neemias 9:3). LVN 60 3 Prostrando-se o povo ante o Senhor, e humildemente confessando os seus pecados e suplicando perdão e misericórdia, cada um por si mesmo e por toda a congregação. Seus líderes os encorajaram a crer que Deus, segundo a Sua promessa, ouvira suas orações. Não deviam eles apenas lamentar e chorar e arrepender-se, mas deviam crer que Deus os perdoara. Deviam mostrar sua fé passando em revista Suas misericórdias e louvá-Lo por Sua bondade. "Levantai-vos", disseram esses ensinadores, "bendizei ao Senhor, vosso Deus, de eternidade em eternidade" (Neemias 9:5). LVN 60 4 Então da multidão reunida, ao se levantarem com as mãos estendidas para o céu, elevou-se o cântico de louvor e adoração: "Bendigam o nome da Tua glória, que está levantado sobre toda a bênção e louvor. Tu só és Senhor, Tu fizeste o Céu, o Céu dos Céus, e todo o seu exército, a Terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto neles há, e Tu os guardas em vida a todos, e o exército dos Céus Te adora" (Neemias 9:5, 6). LVN 60 5 Nessa parte da história sagrada há uma preciosa lição de fé para todos os que estão convictos de seus pecados, e sobrecarregados com o senso de sua indignidade. Quando eles compararam seu caráter com o grande padrão divino de justiça, viram-se condenados como transgressores. Não há poder na Lei para livrá-los de suas culpas. Mas quando confessaram seus pecados, puderam achar perdão através de Cristo. DEle fluem as correntes purificadoras que podem lavar todas as nódoas do pecado. Quando o pecador vem a Cristo com contrição de alma, confessando suas transgressões, é seu dever apropriar-se da promessa de perdão do Salvador para o arrependido e crente. Aquele que procura achar bondade e causa de alegria em si mesmo, sempre estará em desespero; mas o que olha para Jesus, o Autor e Consumador de sua fé, pode dizer confiantemente: "e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:20). LVN 61 1 Findo o cântico de louvor, os líderes da congregação relataram a história de Israel, mostrando quão grande tinha sido a bondade de Deus para com eles, e como tinha sido grande a ingratidão deles. Seguindo o registro desde os dias de Abraão, eles chamaram a atenção para o desígnio divino em preservar Seu nome sobre a Terra, conservando para Si mesmo um povo puro entre a corrupção geral; eles narraram novamente as poderosas manifestações de Seu poder no livramento da escravidão egípcia, e mostraram também como os desvios e a apostasia haviam feito com que a bênção do Senhor fosse retirada de Israel. Então toda a congregação entrou num concerto para guardar os mandamentos de Deus. E para que este fosse "um firme concerto", sendo preservado em forma permanente, como um memorial da obrigação que haviam tomado sobre si, foi ele escrito, e os sacerdotes, levitas e príncipes o assinaram. Devia ele servir como um memorando do dever e uma barreira contra a tentação. O povo fez um solene juramento de que "andariam na lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os Seus juízos e os Seus estatutos" (Neemias 10:29). O juramento feito nesse dia incluía a promessa de não se casarem com o povo da terra. Isso havia sido em geral feito pelo povo; e algumas vezes governantes como Salomão e Acabe formaram tais uniões; e esses casamentos, mediante a introdução da idolatria, haviam resultado na ruína de milhares. LVN 61 2 Deus proibiu rigorosamente o intercâmbio matrimonial de seu povo com outras nações. Essa proibição foi feita a fim de impedir os hebreus de casarem com idólatras e formarem ligações com famílias pagãs. O motivo indicado por Deus para proibir esses casamentos, foi: "Pois [...] fariam desviar teus filhos de Mim" (Deuteronômio 7:4). Os pagãos, no entanto, achavam-se em condições mais favoráveis do que os impenitentes desta geração, os quais, tendo a luz da verdade, ainda se recusam persistentemente a aceitá-la. Aqueles, dentre o antigo Israel, que se arriscaram a desprezar a proibição divina, fizeram-no com sacrifício dos princípios religiosos. Quando aqueles que agora professam ser o povo de Deus se unem em casamento com os ímpios, formam um laço que os une ao mundo e por certo se tornarão um com ele, a despeito de sua presente profissão. LVN 61 3 Antes que o dia de jejum findasse, o povo manifestou ainda sua determinação de retornar ao Senhor, comprometendo-se a cessar de profanar o sábado. Neemias não fizera nessa ocasião, como o fez mais tarde, valer sua autoridade para evitar que os mercadores pagãos entrassem em Jerusalém no dia de sábado; para a venda de provisões e outros artigos. Mas num esforço para salvar o povo de se render à tentação, obrigou-os, por um solene concerto, a não transgredirem a lei do sábado comprando desses mercadores, na esperança de que isso desencorajasse os vendedores e pusesse fim ao seu comércio. LVN 62 1 Tomou-se providência também para o sustento do culto público a Deus. Além do dízimo, a congregação se comprometeu a contribuir anualmente com uma soma estabelecida para o serviço do santuário. "E que também traríamos as primeiras novidades da nossa terra, e todos os primeiros frutos de todas as árvores, de ano em ano, à casa do Senhor; e os primogênitos dos nossos filhos, e os do nosso gado, como está escrito na lei; e que os primogênitos das nossas vacas e das nossas ovelhas traríamos à casa do nosso Deus" (Neemias 10:35, 36). LVN 62 2 A liberalidade dos judeus em suas ofertas para propósitos religiosos deveria ser imitada pelos cristãos. Se os dízimos e ofertas foram requeridos há milênios, eles são muito mais essenciais agora. As atividades dos servos de Deus ficaram confinadas quase que totalmente à terra da Palestina; mas os apóstolos e seus sucessores foram comissionados a pregar o evangelho em todo o mundo. As pessoas desta dispensação foram favorecidas com maior luz e bênçãos do que os judeus. Portanto, foram também postos sob maior obrigação de honrar a Deus e trabalhar pelo avanço de Sua causa. LVN 62 3 Os esforços de Neemias para restaurar o culto do verdadeiro Deus tinham sido coroados de sucesso. Enquanto o povo fosse leal ao juramento feito, enquanto fosse obediente à Palavra de Deus, o Senhor cumpriria Sua promessa derramando ricas bênçãos sobre eles. A história do antigo povo de Deus é plena de instrução para a igreja de hoje. A Bíblia apresenta fielmente o resultado da apostasia de Israel; mas ela narra também a profunda humilhação e arrependimento, a fervente devoção e generoso sacrifício que assinalaram suas ocasiões de retorno para o Senhor. Há encorajamento, portanto, no registro da boa disposição divina em receber seu desviado, mas penitente povo. Seria um cenário agradável a Deus e aos anjos, se Seus professos seguidores desta geração se unissem, como fez Israel no passado, em solene concerto "de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os Seus juízos e os Seus estatutos" (Neemias 10:29). -- The Southern Watchman, 7 de junho de 1904. ------------------------Capítulo 16 -- A reforma do Sábado LVN 65 1 Solene e publicamente o povo de Judá se comprometera a obedecer à lei de Deus. Mas quando a influência de Esdras e Neemias esteve por algum tempo ausente, houve muitos que abandonaram o Senhor. Durante a ausência de Neemias de Jerusalém, os idólatras não apenas haviam conseguido firmar pé na cidade, mas contaminaram por sua presença o próprio recinto do templo. Através de casamentos mistos, tinha surgido um parentesco entre Eliasibe, o sumo sacerdote, e Tobias o amonita, grande inimigo de Israel. Como resultado dessa aliança ilícita, Eliasibe permitira a Tobias que ocupasse um apartamento anexo ao templo, o qual era usado anteriormente para nele se recolherem o dízimo e as ofertas do povo. LVN 65 2 Não somente havia o templo sido profanado, mas Seu povo estivera constantemente exposto à corruptora influência desse agente de Satanás. Por causa da crueldade e traição dos amonitas e moabitas para com Israel, Deus havia declarado que eles seriam para sempre separados da congregação do seu povo. Em desafio desta palavra, o sumo sacerdote tinha lançado fora as ofertas armazenadas na câmara da casa de Deus, a fim de que houvesse lugar para este representante de uma raça proscrita. Não seria possível mostrar maior desprezo a Deus do que conferir favor semelhante a este inimigo de Deus e da Sua verdade. LVN 65 3 Ao retornar da Pérsia, Neemias soube da ousada profanação, e tomou de pronto medidas para expulsar o intruso. "Muito me desagradou", ele declara; "de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara. E, ordenando-o eu, purificaram as câmaras; e tornei a trazer ali os vasos da casa de Deus, com as ofertas de manjares e o incenso" (Neemias 13:8, 9). LVN 65 4 Não somente havia o templo sido profanado, mas as ofertas tinham sido mal empregadas. Isso estava desencorajando a liberalidade do povo. Haviam perdido seu zelo e fervor, e relutavam em devolver o dízimo. A tesouraria da casa do Senhor estava pobremente suprida; muitos dos cantores e outros empregados nos serviços do templo, não recebendo sustento suficiente, haviam deixado a obra de Deus para trabalhar em outras partes para o sustento de suas famílias. Neemias pôs mãos à obra para corrigir esses abusos. Reuniu todos os que tinham deixado a obra da casa do Senhor, e os restaurou "no seu posto". Isso inspirou confiança ao povo, e todo o Judá "trouxe os dízimos do grão, e do mosto, e do azeite aos celeiros". Homens "que se tinham achado fiéis" foram feitos "tesoureiros [...] sobre os celeiros", "e se lhes encarregou a eles a distribuição para seus irmãos" (Neemias 13:11-13). LVN 66 1 Outro resultado do intercâmbio com os idólatras foi a profanação do sábado. Mercadores pagãos e comerciantes dos países vizinhos que vinham a Jerusalém, tinham induzido muitos dos israelitas a se empenharem em negócios no sábado. Houve alguns que não puderam ser persuadidos a sacrificar o princípio e transgredir o mandamento de Deus, mas outros transgrediram, e se uniram aos pagãos em seus esforços para vencer os escrúpulos dos mais conscienciosos, e os idólatras se gabaram do sucesso que se seguiu aos seus esforços. Muitos ousaram violar o sábado abertamente. Enquanto alguns estavam envolvidos em transações com os pagãos, outros estavam pisando os lagares e outros transportando molhos no dia de sábado. LVN 66 2 Este estado de coisas podia ter sido evitado se os chefes tivessem exercido a sua autoridade; mas o desejo de impulsionar os seus próprios interesses tinha-os levado a favorecer a impiedade. É a fusão de nossos interesses com os interesses dos descrentes que conduz à apostasia e ruína espiritual. LVN 66 3 Neemias os repreendeu por sua vergonhosa negligência do dever, o que foi largamente responsável pelo rápido alastramento da apostasia. "Que mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?" perguntou ele com gravidade. "Porventura, não fizeram vossos pais assim, e nosso Deus não trouxe todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda mais acrescentais o ardor de Sua ira sobre Israel, profanando o sábado." E ordenou-lhes então que "dando das portas de Jerusalém já sombra antes do sábado", fossem elas fechadas, e não mais se abrissem até passado o sábado; e tendo mais confiança em seus próprios servos do que naqueles que os magistrados de Jerusalém pudessem apontar, ele os estacionou nas portas da cidade, para que as suas ordens fossem executadas (Neemias 13:17-19). LVN 66 4 Não dispostos a abandonar os seus propósitos, "os negociantes e os vendedores de toda a mercadoria passaram a noite fora de Jerusalém uma ou duas vezes", esperando encontrar oportunidade para comerciar, quer com os habitantes da cidade, quer com os do campo. Neemias advertiu-os de que seriam punidos se continuassem a assim proceder. Também ele mandou aos levitas que guardassem as portas, sabendo que imporiam mais respeito que o povo comum, pois que de sua íntima relação com a obra de Deus, era razoável esperar que seriam mais zelosos em exigir obediência a Sua lei. -- The Southern Watchman, 21 de junho de 1904. ------------------------Capítulo 17 -- A santidade da Lei de Deus LVN 69 1 Por meio da observância do sábado, deviam os filhos de Israel distinguir-se de todas as outras nações como adoradores do verdadeiro Deus, o Criador dos Céus e da Terra. O sábado era o memorial divinamente designado da obra da criação, e o dia em que deveria ser celebrado não foi deixado na indefinição. Não poderia ser qualquer dia que os homens escolhessem em particular, mas o próprio dia no qual o Criador descansou, que precisava ser santificado e guardado. Nesse dia, Deus Se aproximaria totalmente de Seu povo amado e obediente aos mandamentos. LVN 69 2 Deus tem em alta estima a Sua Lei. Moisés e Josué ordenaram que fosse lida publicamente em certos períodos, para que todo o povo pudesse familiarizar-se com seus preceitos e praticá-los. Se assim o fizessem, teriam o elevado privilégio de ser contados como filhos e filhas do Altíssimo, e confiar nEle como filhos diletos. Nos dias de Neemias, o adversário, tirando vantagem da infidelidade de homens do santo ofício, rapidamente seduziu a nação a esquecer-se da Lei divina, o mesmo pecado que havia provocado a ira de Deus contra seus pais. Por um tempo, pareceu que todo cuidado, trabalho e despesas envolvidas na reconstrução das defesas de Jerusalém, houvesse se perdido. LVN 69 3 Davi orou: "Já é tempo de operares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei" (Salmos 119:126). Essa oração não é menos oportuna hoje. O mundo desviou-se de Deus, e seu estado de ilegalidade devia levar o terror ao coração, e levar todos os que são leais ao grande Rei a trabalharem em favor de uma reforma. O poder papal tem pensado em mudar a lei de Deus, substituindo o sábado de Jeová por um sábado falso; e através de todo o mundo religioso o falso sábado é reverenciado, enquanto o verdadeiro é pisado por pés profanos. Mas, degradaria o Senhor Sua Lei para atender aos padrões de homens finitos? Aceitaria Ele um dia desprovido de santidade no lugar do Seu próprio sábado, que foi santificado e abençoado? É acerca da lei de Deus que virá o último e grande conflito entre Cristo e Seus anjos e Satanás e os seus, e será decisivo para todo o mundo. Esta é a hora de tentação para o povo de Deus; mas Daniel viu-o sendo livrado dela, cada um cujo nome está escrito no livro da vida do Cordeiro. LVN 70 1 Homens em posições de responsabilidade não só desatenderão e desprezarão o sábado, mas da tribuna sagrada instarão com o povo para que guardem o primeiro dia da semana, alegando a tradição e o costume em favor dessa instituição de feitura humana. Apontarão para as calamidades em terra e mar -- as tempestades, as inundações, os terremotos, a destruição pelo fogo -- como juízos indicadores do desprazer de Deus por não ser santificado o domingo. Essas calamidades aumentarão mais e mais, uma catástrofe seguirá de perto a outra; e os que quebrantam a lei de Deus apontarão para os poucos que observam o sábado do quarto mandamento como aqueles que trazem sobre o mundo a ira. Essa falsidade é estratégia de Satanás para apanhar os incautos. LVN 70 2 Em nossos dias, precisamos de Neemias que despertem o povo para ver o quão distante se encontra de Deus, por causa da transgressão da Sua lei. Neemias foi um reformador, um grande homem suscitado para um tempo importante. Quando posto em contato com o mal e todo tipo de oposição, nova coragem e zelo foram despertados. Sua energia e determinação inspiraram o povo de Jerusalém, e força e coragem tomaram o lugar da fraqueza e do desânimo. Seu santo propósito, sua elevada esperança, sua alegre consagração ao trabalho foram contagiosos. O povo foi afetado pelo entusiasmo de seu líder e em sua esfera cada homem tornou-se um Neemias, ajudando a fortalecer as mãos e o coração de seu vizinho. Eis uma lição para os ministros de hoje. Se eles forem apáticos, inativos e destituídos de fervoroso zelo, o que pode ser esperado do povo a quem pastoreiam? LVN 70 3 A responsabilidade pessoal do homem perante Deus deveria exigir cuidadosa atenção. A Lei nunca pode conceder perdão. Seu objetivo não é salvar o transgressor, mas convencê-lo. Ela é completamente abrangente e todos receberemos o sinal de sua aprovação ou condenação. Homens que professam piedade frequentemente consideram mui levemente os seus pecados secretos; mas são os motivos secretos do coração que determinam o verdadeiro caráter -- e Deus trará tudo isso a juízo. Os perigos resultantes da desobediência a Deus e busca pela amizade do mundo não diminuíram com o passar do tempo. Há uma obra fervorosa a ser feita, e o fiel atalaia que atua por amor a Deus e o desejo de salvar pecadores receberá a recompensa de seu envolvimento. Mas o vigia infiel, cuja influência tende à união com o mundo, causará a ruína de muitas pessoas. -- The Southern Watchman, 24 de junho de 1904. ------------------------Capítulo 18 -- Separação entre Israel e os idólatras LVN 72 1 Outra questão para a qual a atenção de Neemias foi atraída em seu retorno a Jerusalém relacionava-se com o perigo que ameaçava Israel por causa dos casamentos mistos e associação com os idólatras. "Vi também, naqueles dias," diz Neemias, "judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo" (Neemias 13:23, 24). Essa assimilação da linguagem dos pagãos era uma indicação das infiltrações feitas pelo paganismo. Em muitas famílias, as crianças educadas por suas mães pagãs, conversavam através da língua das nações idólatras com quem os israelitas se haviam unido em casamento. Essas crianças, enquanto cresciam com os hábitos e costumes do paganismo, tornaram-se idólatras do tipo mais perigoso, porque estavam interligadas com o povo de Deus. LVN 72 2 Essas alianças ilegítimas produziram grande confusão; entre alguns que estavam nelas envolvidos havia pessoas de alta posição, governantes e homens ligados ao serviço de Deus, a quem, na ausência de Neemias, o povo tinha de procurar para aconselhamento e exemplo correto. Deus havia excluído cuidadosamente os pagãos da união com seus fiéis adoradores. Mas as barreiras divinamente erigidas haviam sido derrubadas, e como consequência da mistura e casamentos mistos com outras nações, o Israel de Deus perdeu rapidamente seu caráter santo e peculiar. LVN 72 3 Neemias sabia que a ruína estava prestes a se abater sobre a nação se o mal não fosse aniquilado, e arrazoou com aqueles homens sobre a questão. Ele declarou com firmeza e destemor: "Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos" (Neemias 13:25). Ele apresentou o caso de Salomão e lembrou-lhes que entre as muitas nações não se levantou nenhum rei como aquele homem, a quem Deus favoreceu e concedeu grande sabedoria. Mas as mulheres idólatras com quem ele ligou sua casa mediante o casamento, desviaram seu coração de Deus, e seu exemplo teve uma influência corruptora sobre todo o Israel. LVN 72 4 Os mandamentos e as ameaças do Senhor, e os temíveis julgamentos com que visitou Israel nas gerações passadas, despertou a consciência do povo. Os mais fortes e caros laços que os ligavam aos idólatras foram rompidos. Foram proibidos não apenas os casamentos futuros com os pagãos, mas também as uniões já formadas foram dissolvidas. LVN 73 1 Alguns homens no sagrado ofício pleitearam por suas esposas pagãs, declarando que não poderiam separar-se delas. Neemias replicou com solene severidade: "E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estranhas?" (Neemias 13:27). LVN 73 2 Um neto do sumo sacerdote, havendo casado com uma filha do tristemente célebre Sambalá, não foi apenas removido do ofício, mas prontamente banido de Israel. "Lembra-Te deles, Deus meu", Neemias orou, "pois contaminaram o sacerdócio, como também o concerto do sacerdócio e dos levitas." E acrescentou: "Assim, os limpei de todos os estranhos e designei os cargos dos sacerdotes e dos levitas, cada um na sua obra" (Neemias 13:29, 30). Mas nenhuma distinção foi feita; nenhuma consideração foi mostrada por classe ou categoria. Quem quer entre os sacerdotes ou chefes que recusasse cortar sua relação com idólatras era imediatamente separado do serviço do Senhor. LVN 73 3 Quanta angústia essa necessária severidade custou ao fiel obreiro de Deus somente o juízo revelará. Houve uma constante luta com elementos opositores; e somente com jejum, humilhação e oração, o progresso foi conseguido. LVN 73 4 Muitos que tinham casado com idólatras escolheram acompanhá-los ao exílio; e a estes, juntamente com os que tinham sido expulsos da congregação, uniram-se os samaritanos, um povo que havia misturado seu culto idólatra com muitos dos costumes dos judeus. Nessa direção alguns que tinham ocupado altos postos na obra de Deus encontraram o seu caminho, e depois de algum tempo lançaram sua sorte com eles. LVN 73 5 Desejando fortalecer essa aliança, os samaritanos prometeram adotar mais amplamente a fé e os costumes judaicos; e os apóstatas, determinados a superar seus antigos irmãos, construíram um templo no Monte Gerizim, em oposição à casa de Deus em Jerusalém. Sua religião continuou a ser um misto de judaísmo e paganismo; e sua pretensão de ser povo de Deus foi uma fonte de cisma, emulação e inimizade entre as duas nações, de geração a geração. -- The Southern Watchman, 5 de julho de 1904. ------------------------Capítulo 19 -- A necessidade de verdadeiros reformadores LVN 75 1 Os servos de Deus hoje encontram dificuldades muito similares àquelas contra as quais Neemias lutou. A natureza humana ainda é a mesma. E Satanás está ativo, zeloso e perseverante agora como foi no passado. Pelo contrário, a Palavra de Deus declara que seu poder e inimizade aumentam quanto mais perto chegamos do fim dos tempos. O maior perigo para o antigo povo de Deus surgiu de sua inclinação à desconsideração dos diretos reclamos divinos e de realizar, em seu lugar, os próprios desejos. Tais são os perigos e pecados do povo no tempo presente. A indolência, a apostasia e a degeneração em nossas igrejas pode ser devida, em grande proporção, aos sentimentos frouxos que têm surgido em resultado da conformidade com o mundo. O sábado não é sagradamente observado como deveria. Casamentos impróprios, com seu cortejo de males, têm levado alguns dos homens mais competentes à apostasia e ruína. LVN 75 2 Antes do compromisso do casamento, cada pessoa inteligente deverá considerar o assunto em todos os seus aspectos: "O relacionamento que estou prestes a estabelecer me levará rumo ao Céu ou à perdição? Trará ele influências sagradas e piedosas, ou a corruptora influência do mundo?" LVN 75 3 Na obra de reforma a ocorrer hoje, há necessidade de homens que, como Esdras e Neemias não escondam ou desculpem o pecado, nem se esquivem de vindicar a honra de Deus. Aqueles sobre quem repousa o fardo desta obra não se sentem em paz quando o erro é praticado nem cobrem o mal com o manto da falsa caridade. LVN 75 4 Homens de coragem e energia são necessários para expor os pecados generalizados. A iniquidade não pode ser minimizada e desculpada. Aqueles que levam a igreja a seguir os costumes e práticas do mundo, não devem ser elogiados nem exaltados. Nenhuma consideração por alguma família ou posição haverá de impedir os fiéis servos de Cristo de resguardarem os interesses de Seu povo. Deus não faz acepção de pessoas. Grande luz e privilégios especiais trazem elevadas responsabilidades. Quando aqueles que foram favorecidos e honrados por Deus cometem pecado, sua influência vai muito longe em levar outros na transgressão. E se, por exemplo, a fé de outros é debilitada, e o princípio moral e religioso transgredido, a ira de Deus certamente cairá sobre esses traidores de sua sagrada confiança. LVN 76 1 A severidade para com uns poucos pode representar misericórdia para com muitos. Entretanto, precisamos ser muito cuidadosos em manifestar o espírito de Cristo, e não nossa disposição impetuosa e intempestiva. Precisamos repreender o pecado porque amamos a Deus e as pessoas pelas quais Jesus morreu. LVN 76 2 Em sua obra, Esdras e Neemias se humilharam perante Deus, confessando os seus pecados e os pecados do seu povo, e pleiteando o perdão como se fossem eles os ofensores. Pacientemente labutaram, oraram e sofreram por causa da falta de amor daqueles que deveriam ter-se unido a eles e rompido com aqueles cujas simpatias estavam mais frequentemente com seus adversários. O que tornou mais difícil a sua obra não foram as hostilidades abertas dos pagãos, mas a oposição secreta de pretensos amigos, e mesmo entre os sacerdotes e governantes, que, colocando a sua influência a serviço do mal, aumentaram dez vezes o fardo dos fiéis servos de Deus. Esses traidores forneceram os inimigos do Senhor com material para ser usado em sua guerra contra seu próprio povo. Suas más paixões e rebeldes desejos estavam sempre em conflito com os claros reclamos de Deus. LVN 76 3 O espírito da verdadeira reforma será visto em nossos dias assim como foi no passado. Aqueles que são zelosos pela honra de Deus e os que não contemporizam com o pecado, quer dos ministros quer do povo, não devem esperar repouso ou prazeres nesta vida. Incansável vigilância deve ser o lema de todos os que protegem os interesses da igreja de Cristo. Durante a ausência de Neemias de Jerusalém, males foram introduzidos os quais ameaçavam perverter a nação. LVN 76 4 Os mesmos perigos existem hoje. Se aqueles que têm sob sua responsabilidade a supervisão da igreja deixarem seus cargos, pessoas não-consagradas, reivindicando crer na verdade, mas não tendo nenhuma ligação com Deus, obterão vantagem de sua ausência para produzir muitos danos. Sendo removida a restrição desses espíritos egoístas e turbulentos, seus traços peculiares de caráter se tornarão proeminentes, e por seus conselhos, insinuações e acusações enganadoras, criam dúvidas, descrença e dissensão entre o povo do Senhor. Eles se esquecem que as coisas espirituais se discernem espiritualmente. Julgam o caráter e motivos dos servos de Deus de acordo com sua própria ignorância da verdade e dos caminhos de justiça. Seu exemplo, palavras e influência enfraquecem o poder dos reclamos divinos e dividem e espalham a igreja de Cristo. LVN 77 1 A Bíblia é rica em contrastes vivos e evidentes. O pecado e a santidade são postos lado a lado, para que, considerando-os, possamos fugir de um e aceitar o outro. As páginas que descrevem o ódio, a falsidade e traição de Sambalá e Tobias, descrevem também a nobreza, devoção e altruísmo de Esdras e Neemias. Somos deixados livres para escolher a quem queremos imitar. LVN 77 2 Os terríveis resultados da transgressão das leis de Deus são postos em contraste com as bênçãos da obediência. Nós mesmos devemos decidir se queremos sofrer as consequências de um ou desfrutar o prêmio do outro. A Lei de Deus permanece imutável. Como Ele próprio, ela é pura, perfeita e eterna. Não é suficiente professarmos ser guardadores da Lei. A questão é: Estamos nós praticando seus princípios em nossa vida diária? "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos" (Provérbios 14:34). Diz a voz da sabedoria: "Aceitai a minha correção, e não a prata, e o conhecimento mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela" (Provérbios 8:10, 11). -- The Southern Watchman, 12 de julho de 1904. ------------------------Mente, Caráter e Personalidade 1 MCP1 III 1 Prefácio MCP1 3 1 Capítulo 1 -- Sua importância MCP1 10 1 Capítulo 2 -- O cristão e a psicologia MCP1 18 1 Capítulo 3 -- Perigos no estudo da psicologia MCP1 27 1 Capítulo 4 -- Influências espirituais e a mente MCP1 38 1 Capítulo 5 -- A mente fanática MCP1 48 1 Capítulo 6 -- Normalidade sadia MCP1 59 1 Capítulo 7 -- Enfermidade que começa na mente MCP1 65 1 Capítulo 8 -- A religião e a mente MCP1 72 1 Capítulo 9 -- A mente -- a cidadela MCP1 78 1 Capítulo 10 -- Conhecimento MCP1 89 1 Capítulo 11 -- O estudo bíblico e a mente MCP1 99 1 Capítulo 12 -- Diligência MCP1 107 1 Capítulo 13 -- Alimento para a mente MCP1 115 1 Capítulo 14 -- Exercício MCP1 123 1 Capítulo 15 -- Fatores emocionais MCP1 131 1 Capítulo 16 -- Influências pré-natais MCP1 142 1 Capítulo 17 -- Hereditariedade e ambiente MCP1 152 1 Capítulo 18 -- Segurança no lar MCP1 163 1 Capítulo 19 -- Influências dos pais MCP1 174 1 Capítulo 20 -- O ambiente doméstico MCP1 181 1 Capítulo 21 -- O trato de Cristo com a mente MCP1 187 1 Capítulo 22 -- A escola e o professor MCP1 205 1 Capítulo 23 -- Amor -- princípio divino -- eterno MCP1 211 1 Capítulo 24 -- Amor no lar MCP1 218 1 Capítulo 25 -- Amor e sexualidade na vida humana MCP1 240 1 Capítulo 26 -- Amor fraternal MCP1 247 1 Capítulo 27 -- O amor de Deus MCP1 255 1 Capítulo 28 -- Respeito próprio MCP1 261 1 Capítulo 29 -- Dependência e independência MCP1 271 1 Capítulo 30 -- Egoísmo e egotismo MCP1 281 1 Capítulo 31 -- Problemas da juventude MCP1 295 1 Capítulo 32 -- Paixão e amor cego MCP1 308 1 Capítulo 33 -- Perigos que defrontam a juventude MCP1 319 1 Capítulo 34 -- A consciência MCP1 331 1 Capítulo 35 -- Influência da percepção MCP1 341 1 Capítulo 36 -- Princípios na motivação MCP1 350 1 Capítulo 37 -- Princípios no estudo e aprendizado MCP1 359 1 Capítulo 38 -- Equilíbrio na educação ------------------------Prefácio MCP1 III 1 Nos dias de Ellen G. White (1827-1915), estava em sua infância a Psicologia -- ciência que estuda a mente e suas faculdades e funções. No entanto, através de seus escritos aparece uma distinta filosofia, na qual são descritas claramente as linhas mestras dessa ciência, conducentes à saúde mental. MCP1 III 2 É propósito desta compilação reunir, para conveniente estudo, as declarações de Ellen G. White, nessa área vasta, importante e por vezes controversa. Os Adventistas do Sétimo Dia e outros, que têm a convicção de que Ellen G. White escreveu sob a influência do Espírito de Deus, muito prezam essa guia num campo tão importante, numa época em que as escolas de pensamento psicológico são várias e mutáveis. MCP1 III 3 Foi já demonstrada a sanidade dos pontos de vista de Ellen White no campo da fisiologia, nutrição e educação, assim como em outras áreas. Não há dúvida de que, à medida que progridem as pesquisas em relação à psicologia e saúde mental, mais firme se estabelecerá sua reputação quanto a expor sadios princípios de psicologia. Para os crentes adventistas esta obra, Mente, Caráter e Personalidade, suprirá muitas respostas. Estamos certos de que, à medida que se vai desdobrando a verdade, as posições aqui assumidas apelarão mais e mais a todos os leitores pensantes. MCP1 III 4 Nessas circunstâncias, o aparecimento ocasional de expressões como: "Eu vi", "Foi-me mostrado", "Fui instruída de que", não só serão compreendidas, mas serão bem-vindas pela certeza que proporcionam de que os conceitos apresentados se originaram com Aquele que deu forma à mente humana. MCP1 IV 1 Coligindo esta matéria nos escritórios dos depositários das publicações White, nenhuma tentativa se fez para selecionar trechos que apóiam pontos de vista advogados por várias autoridades nas áreas de Educação e Psicologia. Não aparecem aqui nenhuns pontos de vista mantidos pelos compiladores. Ao contrário, procurou-se permitir que Ellen White propusesse livremente seus pontos de vista. Isso se conseguiu transcrevendo da vasta bagagem de suas publicações, escritas através de seis décadas, tal como se encontram em livros e opúsculos existentes ou esgotados, seus milhares de artigos em periódicos e os volumosos manuscritos e correspondência arquivados nas caixas fortes do escritório. MCP1 IV 2 Grande parte de Mente, Caráter e Personalidade apresenta princípios diretrizes gerais. De permeio, suplementando, há advertências e conselhos práticos referentes ao relacionamento entre professor e aluno, pastor e membro da igreja, médico e paciente, pais e filhos. MCP1 IV 3 Em dezenas e dezenas de casos, os conselhos dirigidos a executivos, pastores, médicos, professores, redatores, maridos, esposas ou jovens podem, na revelação das circunstâncias e dos conselhos dados, participar como que da forma de narrações. Convém dar atenção ao princípio envolvido. MCP1 IV 4 É óbvio que Ellen White não escrevia como psicóloga. Não empregava a terminologia comumente usada hoje na área da Psicologia. Com efeito, o leitor deve compreender os usos que ela faz dos termos "psicologia", "frenologia", etc. O leitor inteligente, porém, ficará profundamente impressionado com a incomum intuição quanto aos princípios básicos de psicologia evidenciados por esses escritos. As declarações de Ellen G. White sobre as várias facetas da mente, seu lugar vital na experiência humana, suas potencialidades e fatores que levam ao seu ótimo funcionamento, reunidos em uma seqüência lógica, representam um ótimo acréscimo aos livros póstumos de Ellen G. White. Essas declarações nos ajudam a compreender o que é o homem, bem como seu relacionamento com o ambiente terrestre, com Deus e com o Universo. MCP1 IV 5 Dez anos atrás, quando se iniciou o trabalho destas compilações, julgou-se que seu apelo mais amplo se faria sentir, especialmente, entre os estudiosos na área da saúde mental. Devido a isso seguiu-se uma classificação que tornasse facilmente encontráveis as declarações, aos que se ocupassem com áreas classificadas. Deve o pesquisador compreender que, conquanto se tentasse quanto possível evitar redundâncias, umas poucas declarações importantes são repetidas em vários capítulos, pois o aluno as procuraria sob diferentes verbetes apropriados. É claro que esta compilação é de interesse vital para todos os adventistas, assim como para seus amigos, pois todos estamos interessados em tudo que se relaciona com a mente. MCP1 V 1 A tarefa dos compiladores resumiu-se à seleção da matéria, dispondo-a numa sequência que lhes parecia lógica, e suprindo os títulos, inclusive os marginais que apresentam os itens escolhidos. Fez-se a tentativa de incluir todas as declarações essenciais sobre os assuntos apresentados, escritos através dos anos do serviço ativo de Ellen White, proporcionando assim a vantagem de considerar determinado assunto sob todos os ângulos, e apresentar a cobertura mais ampla possível. Assim fazendo, aparecem aqui e ali pensamentos repetidos, em linhas básicas gerais, que o leitor casual pode achar algo irritante. O estudante cuidadoso, porém, saberá avaliar cada frase que contribua para tornar claro o assunto considerado. Assim, Mente, Caráter e Personalidade é, por assim dizer, enciclopédico. MCP1 V 2 Cada citação menciona a fonte, nos escritos de Ellen G. White, tornando possível que o leitor, em muitos casos, possa consultar o contexto original na íntegra. A fim de poupar espaço, emprega-se, ao referir a fonte, as abreviaturas comumente aceitas, dos escritos de E. G. White. Nas primeiras páginas deste volume se encontra a chave das abreviaturas. Em todos os casos se dá a data do escrito, ou de sua primeira edição. As fontes originais são dadas como referências primárias, e no caso de existirem ainda em forma de livro, aparecem as referências apropriadas. A indicação da fonte quando se refere ao Seventh-day Adventist Bible Commentary, são das declarações suplementares de E. G. White, que aparecem no final de cada um dos volumes do Commentary, ou no volume 7a do SDA Bible Commentary. MCP1 V 3 A falta de espaço impediu a inclusão, nestes volumes, de alguns tópicos mentalmente relacionados, como "insanidade", etc., para o que remetemos o leitor ao Comprehensive Index to the Writings of Ellen G. White. MCP1 V 4 Esta compilação foi preparada nos escritórios dos Depositários dos Bens de Ellen G. White, sob a direção da Mesa Administrativa, como foi autorizado por Ellen White em seu testamento. Diversamente da maioria das compilações de escritos de Ellen G. White, foi primeiramente entregue à publicidade, em caráter provisório, sob o título de Guidelines to Mental Health, para estudo em salas de aula e para leitura crítica de educadores, psicólogos e psiquiatras adventistas. Foi desejo dos Depositários White que fossem realmente tomadas em conta todas as declarações relevantes aos tópicos apresentados, e que a disposição da matéria fosse aceitável. MCP1 VI 1 O favorável acolhimento por parte das salas de aula e de outras entidades, assegura para esta obra um lugar junto aos muitos livros póstumos de Ellen G. White. Publicada agora em duas partes, torna-se um segmento da popular Christian Home Library (Biblioteca do Lar Cristão). MCP1 VI 2 Em sua forma presente, representa por assim dizer uma revisão das seleções de assuntos e uma melhoria na ordem de seu aparecimento. Acrescentou-se o capítulo intitulado "Amor e Sexualidade na Vida Humana". Alguns acréscimos complementaram certos capítulos, e algumas supressões eliminaram repetições desnecessárias. A paginação é contínua através das duas partes, e os índices de passagens bíblicas e assuntos, de toda a obra, encontram-se no final. MCP1 VI 3 Que o nítido quadro do grande conflito entre as forças do bem e do mal, para controle da mente humana, possa servir de advertência e esclarecimento a todos os leitores, e prover-lhes sugestões e orientação para a escolha daquilo que lhes dará guia seguro, assegurando-lhes a futura herança da vida por vir, é a sincera esperança da Mesa Administrativa dos Bens de Ellen G. White, Washington, D.C., 22 de Março de 1977. ------------------------Capítulo 1 -- Sua importância A mais bela obra MCP1 3 1 Tratar com mentes humanas é a mais bela obra em que já se ocuparam os homens. -- Testimonies for the Church 3:269 (1873). Conhecer as leis que governam a mente e o corpo MCP1 3 2 É dever de toda pessoa, por amor de si mesma, e por amor da humanidade, instruir-se quanto às leis da vida, e a elas prestar conscienciosa obediência. Todos precisam familiarizar-se com esse organismo, o mais maravilhoso de todos, que é o corpo humano. Devem compreender as funções dos vários órgãos, e a dependência de uns para com os outros quanto ao são funcionamento de todos. Cumpre-lhes estudar a influência da mente sobre o corpo, e deste sobre aquela, e as leis pelas quais são eles regidos. -- A Ciência do Bom Viver, 128 (1905). Educar e disciplinar a mente MCP1 3 3 Não importa quem sois... o Senhor vos abençoou com faculdades intelectuais susceptíveis de muito melhoramento. Cultivai vossos talentos, com perseverante fervor. Educai e disciplinai a mente mediante o estudo, a observação e a reflexão. Não podeis alcançar a mente de Deus a menos que ponhais em uso todos os poderes. As faculdades mentais se fortalecerão e desenvolverão se vos puserdes a trabalhar no temor de Deus, com humildade e com fervorosa oração. Um propósito resoluto operará milagres. -- Lar sem Sombras, 275 (1915). Potencialidade da mente disciplinada MCP1 4 1 Cumpre... exercer o domínio sobre si mesma. ... A mente vulgar, bem disciplinada, realizará trabalho maior e mais elevado que o espírito mais altamente instruído, e que os maiores talentos, sem o domínio próprio. -- Parábolas de Jesus, 335 (1900). Tratar com mentes humanas, uma obra suprema MCP1 4 2 O futuro da sociedade é indicado pelos jovens de hoje. Neles vemos os futuros mestres, legisladores e juízes, os líderes e o povo que determinam o caráter e destino da nação. Quão importante, pois, é a missão dos que devem formar os hábitos e influenciar a vida da geração nascente! MCP1 4 3 Tratar com a mente é a maior obra já confiada aos homens. O tempo dos pais é demasiado valioso para ser gasto na satisfação do apetite, ou na perseguição de riquezas ou das modas. Pôs-lhes Deus nas mãos a preciosa mocidade, não somente para ser preparada para um lugar de responsabilidade nesta vida, mas para as cortes celestes. -- Temperança, 270. A utilidade do professor depende de uma mente educada MCP1 4 4 A utilidade do professor não depende, porém, tanto das aquisições intelectuais que possua, como da norma que ele tenha por objetivo. O verdadeiro professor não se contenta com pensamentos obtusos, espírito indolente ou memória inculta. Procura constantemente consecuções mais elevadas e melhores métodos. Sua vida é de contínuo crescimento. No trabalho de um professor nestas condições, há uma frescura e poder vivificador que despertam e inspiram seus discípulos. -- Educação, 278 (1903). Ele se esforçará por alcançar a mais alta excelência mental e moral MCP1 4 5 Conhecer-nos a nós mesmos é grande ciência. O mestre que se aprecia devidamente, deixará que Deus lhe molde e discipline a mente. E reconhecerá a origem de sua força. ... O conhecimento de si mesmo leva à humildade e à confiança em Deus; não toma, porém, o lugar dos esforços para o aperfeiçoamento próprio. Aquele que compreende as próprias deficiências, não se poupará apenas para alcançar a mais alta norma possível na excelência física, mental e moral. No preparo da mocidade não deve ter parte pessoa alguma que se satisfaça com uma norma baixa. -- Special Testimonies on Education, Maio 1896; Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 67. Prepara para a eternidade MCP1 5 1 Em toda a vossa obra, cumpre-vos fazer como o lavrador ao trabalhar pelos frutos da terra. Na aparência, ele desperdiça a semente, enterrando-a no solo; no entanto, ela vem a germinar. O poder do Deus vivo comunica-lhe vida e vitalidade, e eis que aparece "primeiro a erva, depois a espiga". Marcos 4:28. Estudai este maravilhoso processo. Oh! há tanto a aprender, tanto a compreender! Se desenvolvermos a mente ao máximo de nossa capacidade, havemos de continuar, através da eternidade, a estudar os caminhos e obras de Deus, e conhecer mais e mais a Seu respeito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 252 (1913), [no inglês]. A ciência do cristianismo e a mente MCP1 5 2 Há uma ciência do cristianismo a ser dominada -- ciência tão mais profunda, ampla e elevada que qualquer outra ciência, quanto o céu está mais alto do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois os homens devem fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com sua inata inclinação. Muitas vezes devem o preparo e a educação de toda uma existência ser rejeitados, a fim de que a pessoa se torne discípula na escola de Cristo. O coração deve ser educado a firmar-se em Deus. Velhos e novos precisam formar hábitos de pensamento que os habilitem a resistir à tentação. Cumpre-lhes aprender a olhar para o alto. Os princípios da Palavra de Deus -- princípios tão elevados como o Céu e que abrangem a eternidade -- devem ser compreendidos em sua relação para com a vida diária. Todo ato, toda palavra, todo pensamento, deve estar em harmonia com esses princípios. -- Idem, 20. Progresso apenas mediante conflito MCP1 6 1 Nenhuma outra ciência é igual à que desenvolve na vida do estudante o caráter de Deus. Os que se tornam seguidores de Cristo verificam que lhes são inspirados novos motivos de ação, surgem pensamentos novos, devendo isso dar em resultado novas ações. Mas só podem fazer progressos por meio de lutas; pois há um inimigo que continuamente contende com eles, apresentando tentações que levem a alma à dúvida e ao pecado. Há tendências hereditárias e cultivadas para o mal, que precisam ser vencidas. O apetite e a paixão devem ser postos sob o controle do Espírito Santo. Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constantes batalhas a ferir, há também preciosas vitórias a alcançar; e o triunfo sobre o próprio eu e o pecado é tão valioso que nosso espírito não o pode apreciar. -- Idem. O dever de todo cristão, de desenvolver a mente MCP1 6 2 É o dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza. Não há desculpa para a morosidade e imperfeição em trabalho de qualquer natureza. Quando alguém está sempre trabalhando, e a tarefa nunca está concluída, é porque a mente e o coração não estão na obra. Os vagarosos, e que trabalham sem o competente preparo, devem reconhecer que essas são faltas para serem corrigidas. Precisam exercitar a mente em planejar como utilizar o tempo para alcançar os melhores resultados. Com tino e método alguns conseguirão em cinco horas o mesmo trabalho que outros em dez. MCP1 6 3 Alguns que são encarregados de tarefas domésticas estão sempre labutando, não porque tenham tanto para fazer, mas por não planejarem como poupar tempo. Por causa de suas maneiras morosas e lerdas fazem do pouco trabalho muito. Mas todos quantos quiserem podem vencer estes hábitos falhos e lentos. Devem ter um escopo definido em sua ocupação. Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-lo no tempo dado. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais expeditas. -- Parábolas de Jesus, 344 (1903). Disciplinar cada faculdade da mente e do corpo MCP1 7 1 Deus deu a todo ser humano um cérebro. Deseja que seja usado para glória Sua. Por meio dele é o homem habilitado a cooperar com Deus em esforços para salvar semelhantes mortais prestes a morrer. Não possuímos demasiado poder cerebral ou faculdades de raciocínio. Cumpre-nos educar e exercitar toda faculdade da mente e do corpo -- o mecanismo humano que Cristo adquiriu -- de maneira a podermos pô-lo no melhor uso possível. Devemos fazer tudo quanto pudermos para fortalecer essas faculdades, pois Deus Se agrada de que nos tornemos mais e mais eficientes colaboradores Seus. -- Mensagens Escolhidas 1:100. (Sermão no Sanatório Sta. Helena, 23-01-1904). A mente cultivada mede o homem MCP1 7 2 Nunca penseis que já aprendestes o suficiente, e que podeis afrouxar agora vossos esforços. O espírito cultivado é a medida do homem. Vossa educação deve continuar através da vida inteira; deveis aprender todos os dias, e pôr em prática os conhecimentos adquiridos. -- A Ciência do Bom Viver, 438 (1905). MCP1 7 3 É frisante a semelhança entre um campo não cultivado e uma mente inculta. As crianças e os jovens já têm na mente e no coração sementes corruptas, prontas a brotar e dar sua perversora colheita; e são necessários o máximo cuidado e vigilância no cultivar e entesourar na mente as preciosas sementes da verdade bíblica. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886; Nossa Alta Vocação, 200. Aquisição de conhecimento e cultura mental MCP1 7 4 Do justo emprego do tempo depende nosso êxito no conhecimento e cultura mental. A cultura do intelecto não precisa ser tolhida por pobreza, origem humilde ou circunstâncias desfavoráveis, contanto que se aproveitem os momentos. Alguns momentos aqui e outros ali, que poderiam ser dissipados em conversas inúteis; as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito; o tempo gasto em viagens de ônibus ou trem, ou em espera na estação; os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais -- se se tivesse um livro à mão, e estes retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo ou meditando, que não poderia ser conseguido! O propósito resoluto, a aplicação persistente e cautelosa economia de tempo, habilitarão os homens para adquirirem conhecimento e disciplina mental que os qualificarão para quase qualquer posição de influência e utilidade. -- Parábolas de Jesus, 343, 344 (1900). Mentes compreensivas são de grande valor no trato dos enfermos MCP1 8 1 Grande sabedoria é necessária no trato das doenças produzidas pela mente. Um coração dolorido, enfermo, um espírito desalentado, requerem um tratamento brando. ... A simpatia e o tato se demonstrarão frequentemente um maior benefício ao enfermo do que o mais hábil tratamento executado de modo frio, indiferente. -- A Ciência do Bom Viver, 243, 244 (1905). Compreender as mentes e a natureza humana ajudam na obra da salvação MCP1 8 2 Sede resolutos em vos tornardes úteis e eficientes como Deus o quer. Sede pontuais e fiéis em tudo quanto empreenderdes. Aproveitai toda oportunidade ao vosso alcance para fortalecer o intelecto. Seja o estudo de livros combinado com um útil trabalho manual, e assegurai-vos por esforço fiel, vigilância e oração, a sabedoria que é de cima. Isto vos dará educação completa. Assim podeis crescer no caráter e ter influência sobre outras mentes, habilitando-vos a conduzi-las na vereda da justiça e santidade. -- Parábolas de Jesus, 334 (1900). MCP1 8 3 Mecânicos, advogados, comerciantes, homens de todas as atividades e profissões, educam-se de modo a poder tornar-se mestres em seu mister. Deveriam os seguidores de Cristo ser menos inteligentes, e enquanto professadamente se empenham em Seu serviço, ser ignorantes dos meios e processos a ser empregados? O empreendimento de alcançar a vida eterna, fica acima de todas as considerações de ordem terrena. A fim de guiar almas para junto de Cristo tem de haver conhecimento da natureza humana, bem como um estudo da mente humana. Muito cuidadosa atenção e orações fervorosas são necessárias a fim de saber como aproximar-se de homens e mulheres quanto ao grande assunto da verdade. -- Testimonies for the Church 4:67 (1876). Faculdades cultivadas aumentam a demanda de nossos serviços MCP1 8 4 Pela falta de decisão de se reformarem radicalmente, as pessoas podem tornar-se arraigadas em maus costumes, ou, pelo cultivo de todas as suas faculdades, adquirir a capacidade de fazer muito melhor serviço. Serão procuradas em toda e qualquer parte. Serão apreciadas por tudo de que são dignas. -- Parábolas de Jesus, 344 (1900). Podemos atingir quase a excelência dos anjos MCP1 9 1 O Senhor deu ao homem capacidade de contínuo desenvolvimento, e assegurou-lhe todo auxílio possível na obra. Pelas providências da graça divina, podemos atingir quase a excelência dos anjos. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; Nossa Alta Vocação, 216. ------------------------Capítulo 2 -- O cristão e a psicologia Leis da mente, ordenadas por Deus MCP1 10 1 Aquele que criou a mente e estabeleceu suas leis, providenciou para o seu desenvolvimento de acordo com aquelas leis. -- Educação, 41 (1903). Verdadeiros princípios de psicologia nas escrituras MCP1 10 2 Os verdadeiros princípios de psicologia encontram-se nas Escrituras Sagradas. O homem desconhece o seu próprio valor. Age de acordo com o seu inconverso temperamento do caráter porque não olha para Jesus, Autor e Consumador de sua fé. Aquele que vai ter com Jesus, aquele que nEle crê e faz dEle seu exemplo, compreende o sentido das palavras: "Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." ... MCP1 10 3 Os que experimentam a verdadeira conversão hão de reconhecer, com aguda percepção, a sua responsabilidade para com Deus, de operar sua salvação com temor e tremor -- sua responsabilidade de tornar completo seu restabelecimento da lepra do pecado. Semelhante realização os levará a, humilde e confiantemente, pôr sua confiança em Deus. -- Manuscrito 121, 1902. A mente dedicada a Deus desenvolve-se harmoniosamente MCP1 11 1 Deus toma os homens tais quais são e educa-os para o Seu serviço, se eles se entregarem a Ele. O Espírito de Deus, recebido na alma, aviva todas as suas faculdades. Sob a guia do Espírito Santo, a mente que sem reserva se dedica a Deus, desenvolve-se harmoniosamente, e é fortalecida para compreender e cumprir as reivindicações de Deus. O caráter fraco, vacilante, transforma-se em outro, forte e inabalável. A dedicação contínua, estabelece tão íntimo relacionamento entre Jesus e Seus discípulos, que o cristão assimila o caráter de seu Senhor. Tem visão mais clara, mais ampla. Seu discernimento é mais agudo, seu julgamento mais equilibrado. Tão avivado é ele pelo poder vitalizante do Sol da justiça, que é habilitado a produzir muito fruto, para glória de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 285, 286 (1915). A ciência de uma vida cristã pura MCP1 11 2 A ciência de uma pura, sadia, coerente vida cristã é obtida pelo estudo da Palavra do Senhor. Esta é a mais elevada educação que qualquer ser terrestre possa obter. Essas são as lições que devem ser ensinadas aos estudantes de nossas escolas, para que saiam com pensamentos puros, e mente e coração limpos, preparados para escalar a escada do progresso e praticar as virtudes cristãs. Por esse motivo é que desejamos que nossas escolas estejam ligadas aos nossos sanatórios, e estes às nossas escolas. Estas instituições devem ser conduzidas segundo a simplicidade do evangelho, dada no Antigo e no Novo Testamentos. -- Manuscrito 86, 1905. Circundados por uma atmosfera de paz MCP1 11 3 Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranqüila para comunhão com o próprio coração, com a Natureza e com Deus. ... Devemos, individualmente ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em quietação, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus."... Entre o vaivém da multidão, e a tensão das intensas atividades da vida, aquele que é assim refrigerado, será circundado de uma atmosfera de luz e de paz. Receberá nova dotação de resistência física e mental. Sua vida rescenderá uma fragrância e revelará um poder divino que tocarão o coração dos homens. -- A Ciência do Bom Viver, 58 (1905). A religião de Cristo é um remédio eficaz MCP1 12 1 Satanás é o originador da doença; e o médico luta contra sua obra e poder. Prevalece por toda parte a enfermidade mental. ... Os incrédulos têm-se aproveitado ao máximo desses casos infelizes [nos quais dificuldades domésticas, remorsos de pecados, temor de um inferno a arder eternamente têm desequilibrado a mente], atribuindo a insanidade à religião; isto, porém, é uma crassa difamação, que não terão prazer em defrontar, finalmente. A religião de Cristo, longe de ser causa de insanidade, é um de seus mais eficazes remédios, pois é um poderoso calmante dos nervos. -- Testimonies for the Church 5:444 (1885). Adentrando a região da paz MCP1 12 2 Quando sois assaltados pelas tentações, quando o cuidado, a perplexidade e as trevas parecem circundar vossa alma, olhai para o lugar em que pela última vez vistes a luz. Descansai no amor de Cristo, e sob Seu protetor cuidado. ... Entrando em comunhão com o Salvador, penetramos na região da paz. -- A Ciência do Bom Viver, 250 (1905). Dispensadas todas as ansiedades inúteis MCP1 12 3 Quando os homens saem para o seu labor diário, assim como quando se acham entregues à oração; quando repousam à noite, e quando se erguem de manhã; quando o rico se banqueteia em seu palácio, ou quando o pobre reúne seus filhos em torno da mesa escassa, sobre cada um o Pai celeste vigia com ternura. Nenhuma lágrima é vertida sem que Deus a note. Não há sorriso que Ele não perceba. MCP1 12 4 Se tão-somente crêssemos isto plenamente, desvanecer-se-iam todas as inúteis ansiedades. Nossa vida não estaria tão cheia de decepções como agora; pois tudo, quer grande quer pequeno, seria confiado às mãos de Deus, que Se não embaraça com a multiplicidade dos cuidados, nem é dominado por seu peso. Havíamos de gozar então um repouso de alma ao qual muitos têm sido por muito tempo alheios. -- Conflict and Courage, 86 (1892). Educar a alma pela disciplina MCP1 13 1 Cristãos, revela-Se Cristo em nós? Devemos porfiar por ter corpo sadio e mente forte, que não se enfraqueçam facilmente -- mente que olhe para além do próprio eu, para a causa e o resultado de todo avanço feito. Então estaremos em boa situação para suportar durezas, como bons soldados. Precisamos de uma mentalidade capaz de prever as dificuldades e transpô-las, com a sabedoria provinda de Deus -- mentalidade apta para lutar com problemas complexos e resolvê-los. O problema mais difícil é o que requer a crucifixão do próprio eu, suportando contratempos na vida espiritual e educando a alma por severa disciplina. Isto talvez a princípio não traga satisfação plena, mas o efeito posterior será paz e felicidade. -- Carta 43, 1899. Cristo tem poder para fortalecer e restaurar MCP1 13 2 E ao mesmo tempo em que Cristo revela o Céu ao homem, a vida que Ele transmite abre o coração do homem ao Céu. O pecado não somente nos exclui de Deus, mas também destrói na alma humana tanto o desejo como a capacidade de O conhecer. É a missão de Cristo desfazer toda esta obra do mal. As faculdades da alma, paralisadas pelo pecado, a mente obscurecida, a vontade pervertida, tem Ele poder para fortalecer e restaurar. Ele nos abre as riquezas do Universo, e por Ele nos é comunicada a capacidade de discernirmos estes tesouros e deles nos apoderarmos. -- Educação, 28, 29 (1903). Ou Deus controla, ou Satanás MCP1 13 3 Satanás assume o domínio de toda mente que não está decididamente sob o domínio do Espírito de Deus. -- Carta 57, 1895; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 79 (1895). Todo pecado acariciado enfraquece o caráter MCP1 13 4 E ninguém se lisonjeie de que o pecado acariciado algum tempo possa ser deixado facilmente, a pouco e pouco. Assim não é. Todo pecado acariciado debilita o caráter e fortalece o hábito; e depravação física, mental e moral é a conseqüência. Podeis arrepender-vos do erro que cometestes, e pôr os pés na vereda justa; porém o molde de vosso espírito e a familiaridade com o mal vos tornarão difícil distinguir entre o bem e o mal. Pelos maus hábitos formados, Satanás vos atacará sempre e sempre. -- Parábolas de Jesus, 281 (1900). Qualidades psicológicas do professor MCP1 14 1 Os hábitos e princípios do professor devem ser considerados mesmo de maior importância do que as aptidões literárias. Se ele é cristão sincero, sentirá a necessidade de ter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus alunos. MCP1 14 2 A fim de exercer a justa influência, deve ele ter um perfeito controle sobre si mesmo, e o coração ricamente tomado de amor pelos alunos, o que se observará em seu olhar, suas palavras e atos. Deve ter caráter firme, e assim poderá moldar a mente dos alunos, assim como instruí-los nas ciências. A educação da juventude cedo na infância geralmente lhes molda o caráter pelo resto da vida. Os que lidam com os jovens devem muito cuidadosamente provocar suas qualidades mentais, a fim de que possam saber melhor dirigir suas faculdades, de modo que sejam exercidas para o máximo bem. -- Testimonies for the Church 3:135 (1872). Deve o homem tornar-se nova criatura MCP1 14 3 Os homens devem tornar-se súditos do reino de Cristo. Mediante o poder divino a eles imputado, devem voltar a sua fidelidade. Por leis e recursos Deus providenciou uma comunicação com a vida espiritual do homem, que em sua ação é tão misteriosa como a ciência e atuação do vento. João 3:7, 8. Cristo declarou: "O Meu reino não é deste mundo". João 18:36. Conquanto exerça influência sobre os governos terrestres, não pode deles aceitar a menor marca sem manchar a semelhança divina. MCP1 14 4 Tão espiritual é a espécie da atuação de Deus no coração humano que a recebe, que torna o homem uma nova criatura, sem destruir ou enfraquecer qualquer aptidão que Deus lhe tenha conferido. Ao contrário, purifica todo atributo adaptado à ligação com a natureza divina. O que é nascido do Espírito é Espírito, e quando o homem nasce de cima, uma paz celestial lhe invade a alma. -- Manuscrito 1, 1897. O certo exclui o errado MCP1 15 1 Pais, sois vós os que haveis de decidir se a mente de vossos filhos se encherá de pensamentos enobrecedores, ou de sentimentos viciosos. Não podeis conservar desocupada sua mente ativa, tampouco podeis expulsar o mal com um simples gesto de enfado. Unicamente incutindo princípios corretos, podeis excluir maus pensamentos. A não ser que os pais plantem no coração dos filhos as sementes da verdade, o inimigo semeará o joio. A instrução boa e sã é o único preventivo contra as más conversas, que corrompem os bons costumes. A verdade protegerá a alma das intermináveis tentações que se encontram. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 121 (1913), [no inglês]. Apenas um dia me pertence MCP1 15 2 Dia a dia devemos ser preparados, disciplinados e educados para a utilidade nesta vida. Apenas um dia de cada vez -- pensai nisto! Um dia me pertence. Neste único dia farei o melhor que possa. Usarei meu talento da fala de modo que seja uma bênção a algum outro: seja uma ajuda, um conforto, um exemplo que o Senhor, Salvador meu, há de aprovar. Exercitar-me-ei na paciência, na bondade, na longanimidade, para que as virtudes cristãs possam ser hoje desenvolvidas em mim. MCP1 15 3 Cada manhã dedicai-vos, alma, corpo e espírito, a Deus. Firmai hábitos de devoção e de confiança cada vez maior em vosso Salvador. Podeis crer, com toda a confiança, que o Senhor Jesus vos ama e deseja que cresçais até alcançar a Sua altura no caráter. Ele deseja que cresçais no Seu amor, ampliando-o, e vos fortaleçais em toda a plenitude do amor divino. Então alcançareis um conhecimento do mais alto valor, para o tempo e a eternidade. -- Carta 36, 1901; Nos Lugares Celestiais, 227. Como desenvolver uma mentalidade bem equilibrada MCP1 16 1 O trabalho é uma bênção. É impossível gozarmos saúde sem trabalhar. Todas as faculdades devem ser postas em uso, a fim de que possam desenvolver-se devidamente, e homens e mulheres tenham mentalidade bem equilibrada. -- Testimonies for the Church 3:154, 155 (1872). Conhecimento e ciência têm de ser vitalizados pelo Espírito Santo MCP1 16 2 Somente quando postos sob o pleno controle do Espírito de Deus, é que os talentos de qualquer pessoa podem tornar-se úteis no sentido mais lato. Os preceitos e princípios religiosos constituem o primeiro passo na aquisição do conhecimento, e formam o próprio alicerce da verdadeira educação. Conhecimento e ciência têm de ser vitalizados pelo Espírito de Deus, a fim de que sirvam aos propósitos mais nobres. MCP1 16 3 Tão-somente o cristão sabe fazer o devido uso do conhecimento. A ciência, para ser apreciada plenamente, tem de ser olhada de um ponto de vista religioso. Então, todos adorarão o Deus da ciência. O coração que é enobrecido pela graça de Deus, melhor compreende o real valor da educação. Os atributos de Deus, vistos em Suas obras criadas, só os apreciamos tendo um conhecimento do Criador. MCP1 16 4 Os professores não só têm de familiarizar-se com a teoria da verdade, mas têm de possuir um conhecimento experimental do caminho da santidade, a fim de poder guiar os jovens às fontes da verdade, ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. O conhecimento só é um poder para o bem quando vinculado à verdadeira piedade. É nobre a alma esvaziada do próprio eu. Se Cristo habita no coração, pela fé, seremos sábios à vista de Deus. -- Manuscrito 44, 1894. O ser inteiro, aberto aos meios de cura provindos do céu MCP1 16 5 Cristo é a fonte da vida. O que muitos necessitam, é possuir dEle mais clara compreensão; precisam ser paciente, bondosa e todavia fervorosamente ensinados quanto à maneira em que podem abrir inteiramente o ser às curativas forças celestes. Quando a luz solar do amor de Deus ilumina as mais escuras câmaras da alma, cessam o desassossego, a fadiga e o descontentamento, e satisfatórias alegrias virão dar vigor à mente, saúde e energia ao corpo. -- A Ciência do Bom Viver, 247 (1905). As graças não se desenvolvem num momento MCP1 17 1 As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Ânimo, fortaleza, mansidão, fé, inabalável confiança no poder de Deus para salvar, são adquiridos mediante a experiência de anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego ao direito, devem os filhos de Deus selar seu destino. -- A Ciência do Bom Viver, 454 (1905). ------------------------Capítulo 3 -- Perigos no estudo da psicologia Satanás estudioso da mente MCP1 18 1 Por milhares de anos Satanás tem estado a fazer experiências com as características da mente humana, e aprendeu a conhecê-la bem. Por sua sutil atuação nestes últimos dias, ele está vinculando a mente humana à dele próprio, impregnando-a de seus pensamentos. E está fazendo essa obra de modo tão ilusório que, os que lhe aceitam a guia, não sabem que estão sendo levados por ele, a seu bel-prazer. O grande enganador espera confundir a mente dos homens e mulheres de tal maneira que não seja ouvida nenhuma outra voz senão a dele. -- Carta 244, 1907. Satanás, mestre de artes sutis MCP1 18 2 Satanás está continuamente buscando influenciar o espírito humano por suas artes sutis. Ele tem a mente de um mestre, dada por Deus, mas prostituída com todas as suas nobres faculdades para opor-se aos conselhos do Altíssimo, e torná-los de nenhum efeito. -- The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893; Nossa Alta Vocação, 208. Ele se aproxima disfarçado MCP1 18 3 Os planos e ardis de Satanás solicitam-nos de todos os lados. Devemos lembrar sempre que ele se aproxima de nós disfarçado, encobrindo seus motivos e o caráter de suas tentações. Vem com vestes de luz, aparentemente trajado com as vestes de um anjo bom, para não discernirmos que é ele. Precisamos usar de grande cautela, investigar-lhe detidamente os desígnios, para que não sejamos iludidos. -- Manuscrito 34, 1897; Nossa Alta Vocação, 18. Falso uso de ciências relativas à mente MCP1 19 1 Nestes dias em que tantas vezes o ceticismo e a descrença se apresentam com roupagens científicas, precisamos guardar-nos de todo lado. Por esse meio nosso grande adversário está enganando a milhares, e levando-os cativos segundo a sua vontade. Tremenda é a vantagem que ele tira das ciências -- ciências relativas à mente humana. Aí ele, à semelhança da serpente, insinua-se imperceptivelmente para corromper a obra de Deus. MCP1 19 2 Essa penetração de Satanás mediante as ciências é bem planejada. Por meio da frenologia, da psicologia e do mesmerismo, ele vem mais diretamente ao povo desta geração, e opera com aquele poder que lhe deve caracterizar os esforços, perto do tempo do encerramento do tempo de graça. A mente de milhares tem sido assim envenenada, e conduzida à descrença. MCP1 20 1 Enquanto se crê que uma mente humana afeta tão maravilhosamente outra, Satanás, que está pronto a aproveitar-se de toda vantagem, insinua-se e opera à direita e à esquerda. E ao passo que os que são devotados a essas ciências louvam-nas até às nuvens por causa das grandes e boas obras que afirmam ser operadas por elas, mal sabem eles que poder para o mal estão nutrindo; é, no entanto, um poder que ainda operará com todos os sinais e prodígios de mentira -- com todo o engano da injustiça. Note a influência dessas ciências, querido leitor, pois o conflito entre Cristo e Satanás ainda não terminou. MCP1 20 2 A negligência da oração leva os homens a confiar em sua própria força, e abre a porta à tentação. Em muitos casos a imaginação é cativada por pesquisas científicas, e os homens se lisonjeiam mediante a consciência de suas próprias faculdades. As ciências que tratam da mente humana são muito exaltadas. Elas são boas em seu devido lugar, mas Satanás delas se apodera como poderosos instrumentos seus para enganar e destruir as almas. Suas artes são aceitas como vindas do Céu, e ele recebe assim o culto que lhe convém. O mundo, que se julga ser tão beneficiado pela frenologia e o magnetismo animal, nunca foi tão corrupto como agora. Por meio dessas ciências é destruída a virtude, e são lançadas as bases do espiritismo. -- The Signs of the Times, 6 de Novembro de 1894; Mensagens Escolhidas 2:351, 352. Sua obra é distrair a mente humana MCP1 21 1 Satanás penetrou resoluto, colocando-se entre Deus e o homem. É sua obra distrair a mente humana, lançando sua negra sombra justamente através de nosso caminho, de modo a não sabermos discernir entre Deus e as trevas morais e corrupção, e o acúmulo de iniqüidade que está em nosso mundo. Que faremos, então, quanto a esse assunto? Devemos deixar que as trevas prevaleçam? Não! MCP1 21 2 Existe ao nosso dispor um poder que trará a luz do Céu ao nosso entenebrecido mundo. Cristo esteve no Céu, e trará a luz celeste e espancará as trevas, deixando penetrar a luz de Sua glória. Então, em meio da corrupção, e poluição e aviltamento, veremos a luz do Céu. MCP1 21 3 Não devemos desanimar ante o aviltamento que prevalece na raça humana, nem ter sempre nessa direção a visão mental. Não devemos olhar a isso. ... Que devemos, pois, fazer? Qual nossa obra? É ver "quão grande amor nos tem concedido o Pai". 1 João 3:1. -- Manuscrito 7, 1888. A astuta insinuação, em contraste com o ataque franco, ousado MCP1 21 4 Se Satanás fizesse ao cristianismo um ataque franco e ousado, levaria imediatamente os cristãos aos pés de seu Poderoso Libertador que, só, poria em fuga o adversário. Ele em geral não age assim. É astuto e sabe que a maneira mais eficaz de realizar seus propósitos é chegar ao pobre homem caído, na forma de um anjo de luz. Com este disfarce ele atua na mente para atraí-la fora da vereda certa e segura. Ele sempre teve a ambição de dar idéia falsa da obra de Cristo e firmar seu próprio poder e pretensões. Leva os iludidos mortais a interpretar as obras e milagres de Cristo segundo princípios científicos; faz que dêem a impressão de ser resultado de habilidade e poder humanos. Em muitos espíritos ele assim acabará destruindo toda a verdadeira fé em Cristo como o Messias, o Filho de Deus. -- The Signs of the Times, 6 de Novembro de 1884. Mentes jovens, seu objetivo principal MCP1 22 1 É a obra especial de Satanás, nesses últimos tempos, apoderar-se da mente dos jovens, para lhes corromper os pensamentos e inflamar-lhes as paixões. Todos são livres agentes morais, e como tais precisam levar seus pensamentos a fluir nos devidos condutos. -- Appeal to Mothers, 30; Nossa Alta Vocação, 335. Satanás controla a mente não dirigida pelo Espírito Santo MCP1 22 2 Poucos acreditam que a humanidade se tenha aviltado tanto quanto se aviltou, ou que seja tão visceralmente má, tão desesperadamente contrária a Deus como é. "O pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar." Romanos 8:7. MCP1 22 3 Quando a mente não está sob a direta influência do Espírito de Deus, Satanás pode moldá-la a seu bel-prazer. Todas as faculdades racionais que ele controla, ele carnalizará. Ele se opõe diretamente a Deus em seus gostos, pontos de vista, preferências, prazeres e desprazeres, escolhas e buscas; não acha atrativo naquilo que Deus ama e aprova, mas deleita-se nas coisas que Ele despreza; por isso mantém um procedimento que Lhe é ofensivo. MCP1 22 4 Isto leva a luta com os que procuram andar no caminho do Senhor. Eles [os que se opõem à verdade] chamarão à luz trevas, e às trevas luz; bem ao mal, e mal ao bem. -- Carta 8, 1891. Desde os dias de Adão até aos de hoje MCP1 22 5 Satanás tem atuado ao volante, manejando-o até que tenha o controle de todas as mentes humanas que acolheram as mentiras com as quais enganou Eva, usando-a depois como agente seu para incitar Adão ao pecado. Satanás tem mantido sua capciosa atuação sobre a mente dos homens, desde aqueles dias até hoje. -- Manuscrito 19, 1894. Os que conhecem a verdade são seus alvos especiais MCP1 22 6 Satanás está atuando furtivamente para confundir a mente dos que conhecem a verdade, insinuando sentimentos enganosos, e enganosos exemplos. A menos que se arrependam e se convertam, esses que levam vida ambígua, professando servir ao Senhor mas ao mesmo tempo procurando artificiosamente realizar seus próprios planos -- planos esses que retardam a mesma obra para cumprir a qual Cristo deu a vida -- os tais serão iludidos pelo inimigo das almas. -- Carta 248, 1907. Satanás desvia a mente mediante assuntos controvertidos MCP1 23 1 Ele [o inimigo] se deleita em desviar a mente para qualquer assunto pelo qual ele possa criar divisão de conceitos e levar nosso povo à controvérsia. -- Manuscrito 167, 1897. Domínio de uma mente sobre outra MCP1 23 2 Satanás encontra muitas vezes poderoso instrumento para o mal no poder que uma mente humana é capaz de exercer sobre outra. Esta influência é tão sedutora que a pessoa que está sendo moldada por ela fica a miúdo inconsciente de seu poder. Deus me ordenou que falasse advertindo contra este mal. -- Carta 244, 1907; Mensagens Escolhidas 2:352. Poder para o bem, poder para o mal MCP1 23 3 A influência de uma mente sobre outra, tão forte poder para o bem quando santificada, é igualmente forte para o mal, nas mãos dos que se opõem a Deus. Este poder Satanás usou em sua obra de incutir o mal na mente dos anjos, e fez de conta que estivesse querendo o bem do Universo. Como querubim ungido, Lúcifer fora altamente exaltado; era imensamente amado pelos seres celestes, e era forte sua influência sobre eles. Muitos deles deram ouvido a suas sugestões e deram crédito a suas palavras. "Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia não prevaleceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles." Apocalipse 12:8. -- Carta 114, 1903; The S.D.A. Bible Commentary 7:973. Não confiar na opinião de um homem só MCP1 23 4 A opinião de um homem só e o juízo de um só homem não mereciam confiança, pois estavam em jogo interesses demasiado grandes, não isentos de fragilidades e erros humanos. ... [Tratava-se, evidentemente, de um determinado caso.] Não há nenhum parecer de um homem só, tão perfeito que não haja perigo de estar ele sendo levado por motivos errados, encarando as coisas segundo um ponto de vista errado. -- Carta 41, 1891. Satanás à espreita de mentes desapercebidas MCP1 24 1 Satanás está alerta, a fim de poder encontrar a mente num momento de desatenção, e assim tomar posse dela. Não precisamos ficar ignorantes de seus estratagemas, tampouco ser por eles vencidos. Ele se agrada com as gravuras que o apresentam como tendo cornos e patas fendidas, pois é inteligente; foi outrora um anjo de luz. -- Manuscrito 11, 1893. Anjos maus tentam destruir a vontade do homem MCP1 24 2 Se permitirmos, os anjos maus trabalharão [cativarão e controlarão] a mente dos homens, até que estes não tenham mente ou vontade suas próprias. -- Manuscrito 64, 1904. Nossa única segurança está em resistir MCP1 24 3 Nossa única segurança está em não darmos lugar ao diabo; pois suas sugestões e desígnios são sempre para nosso dano, para impedir-nos de confiar em Deus. Ele se transforma em anjo de pureza, para que possa, por suas especiosas tentações, apresentar os seus ardis de tal maneira que lhe não possamos perceber a astúcia. Quanto mais cedermos, tanto mais poder terão seus enganos sobre nós. Não é seguro discutir ou parlamentar com ele. A cada vantagem que concedermos ao inimigo, ele reclamará mais. MCP1 24 4 Nossa única segurança é rejeitar com firmeza a primeira insinuação para sermos presumidos. Deus nos deu, por meio dos méritos de Cristo, suficiente graça para resistir a Satanás, e ser mais que vencedores. Resistência é êxito. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." A resistência precisa ser firme e imutável. Perdemos tudo quanto ganhamos se resistirmos hoje apenas para ceder amanhã. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1880; Nossa Alta Vocação, 93. Evitar atos presunçosos MCP1 24 5 Pessoas há que, descuidosamente se colocam em cenas de risco e perigo, e se expõem a tentações das quais seria preciso um milagre de Deus para saírem ilesos e incontaminados. São atos presunçosos, esses, dos quais Deus não Se agrada. A tentação de Satanás ao Salvador do mundo, de lançar-Se do pináculo do templo, foi firmemente enfrentada e resistida. O arquiinimigo citou uma promessa de Deus como segurança, para que Cristo pudesse fazer isso na força da promessa. Jesus enfrentou esta tentação com a Escritura: "Está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus." Da mesma maneira instiga Satanás os homens a entrarem em situações em que Deus não requer que se ponham, apresentando a Escritura para justificar suas sugestões. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1880; Nossa Alta Vocação, 93. Fé genuína, e presunção MCP1 25 1 As promessas de Deus não devem ser reclamadas temerariamente por nós, como proteção, ao mesmo tempo que nos precipitamos desassombradamente no perigo, violando as leis da Natureza, ou desconsiderando a prudência e o juízo que Deus nos deu, para deles usarmos. Isto não seria fé genuína, mas presunção. ... MCP1 25 2 Satanás vem a nós com honras mundanas, riquezas e prazeres da vida. Essas tentações são variadas a fim de irem ao encontro de homens de toda espécie e classe, tentando-os a se afastarem de Deus para se servirem mais a si que ao Criador. "Tudo isto te darei", disse Satanás a Cristo. "Tudo isto te darei", diz ele ao homem. "Todo este dinheiro, esta terra, este poder, e honra e riquezas, te darei"; e o homem fica encantado, iludido, e traiçoeiramente seduzido, para sua ruína. Caso nos entreguemos à mundanidade de coração e de vida, Satanás fica satisfeito. -- Carta 1a, 1872; Nossa Alta Vocação, 91. Ou anjos maus, ou anjos de Deus, controlam a mente dos homens MCP1 25 3 Ou os anjos maus, ou os anjos de Deus, controlam a mente dos homens. Nossa mente, entregamo-la ao controle de Deus, ou ao controle dos poderes das trevas; e bem nos fará indagar onde estamos hoje -- se sob o pavilhão ensangüentado do Príncipe Emanuel, ou sob a negra bandeira dos poderes das trevas. -- Manuscrito 1, 1890; The S.D.A. Bible Commentary 6:1120. Só se cedermos MCP1 26 1 Satanás não pode tocar a mente ou intelecto, a menos que lho cedamos. -- Manuscrito 17, 1893; The S.D.A. Bible Commentary 6:1105. Necessidade de clara visão MCP1 26 2 Clara visão espiritual é necessária para discernir entre a palha e o trigo, entre a ciência de Satanás e a da Palavra da verdade. Cristo, o grande Médico, veio ao nosso mundo a fim de dar saúde e paz e perfeição de caráter a todos quantos O receberem. Seu evangelho não consiste em métodos exteriores e representações pelos quais a ciência de uma obra má pode ser apresentada como grande bênção, para se demonstrar posteriormente grande maldição. -- Carta 130, 1901; Nossa Alta Vocação, 107. A oração prevalecerá contra Satanás MCP1 26 3 A oração da fé é a grande força do cristão, e com toda a certeza prevalecerá contra Satanás. Por isso é que ele insinua que não temos necessidade de orar. O nome de Jesus, nosso Advogado, ele detesta; e quando sinceramente vamos ter com Ele em busca de auxílio, as hostes de Satanás se alarmam. O negligenciarmos o exercício da oração serve bem ao seu propósito, pois então seus prodígios de mentira são acolhidos mais depressa. Aquilo que ele deixou de conseguir ao tentar a Cristo, ele consegue pondo diante dos homens suas enganosas tentações. -- Testimonies for the Church 1:296 (1862). ------------------------Capítulo 4 -- Influências espirituais e a mente Religião e saúde MCP1 27 1 A religião pessoal é da mais alta importância. João escreveu a Gaio: "Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma." 3 João 2. A saúde do corpo depende em grande parte da saúde da alma; portanto, quer comais, quer bebais, ou o que quer que façais, fazei tudo para glória de Deus. A religião pessoal revela-se pelo comportamento, pelas palavras e atos. Produz crescimento, até que afinal a perfeição reivindica o elogio do Senhor: "Estais perfeitos nEle!" Colossences 2:10. -- Carta 117, 1901. A religião pura traz serenidade, calma e força MCP1 27 2 A religião pura, imaculada, não é um sentimento, mas a prática de obras de misericórdia e amor. Tal religião é necessária à saúde e felicidade. Ela penetra no poluído templo da alma e com um açoite expulsa os pecaminosos intrusos. Assomando ao trono, ela consagra a todos por sua presença, iluminando o coração com os brilhantes raios do Sol da justiça. Abre as janelas da alma em direção ao Céu, dando entrada ao brilho do amor de Deus. Com este vêm a serenidade e calma. Aumenta a força física, mental e moral, porque a atmosfera do Céu, como um agente vivo, atuante, enche a alma. Cristo, a esperança da glória, é formado em nós. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1901; Beneficência Social, 38. Deus é a fonte de vida e alegria MCP1 28 1 Deus é a fonte de vida, luz e gozo para todo o Universo. Como raios de luz do Sol, como correntes de água irrompendo de fonte viva, assim dEle dimanam bênçãos para todas as Suas criaturas. E onde quer que a vida de Deus se encontre no coração dos homens, derramar-se-á em amor e bênçãos aos outros. -- Conflict and Courage, 77 (1892). Todos recebem vida de Deus MCP1 28 2 Todos os seres criados vivem por vontade e poder de Deus. São recipientes da vida do Filho de Deus. Por muito hábeis e talentosos que sejam, e grandes suas capacidades, são abastecidos de vida da Fonte de toda a vida. Ele é o manancial, a fonte, da vida. Só Ele, que unicamente possui imortalidade, vivendo em luz e vida, podia dizer: "Tenho autoridade para entregar [a vida] e também para reavê-la." -- Manuscrito 131, 1897; The S.D.A. Bible Commentary 5:1113. Satanás usa influências da mente sobre a mente MCP1 28 3 Expulso do Céu, Satanás estabeleceu o seu reino neste mundo, e desde aquele tempo tem porfiado incansavelmente por afastar os seres humanos da lealdade a Deus. Usa o mesmo poder de que se serviu no Céu -- a influência da mente sobre a mente. Os homens tornam-se tentadores dos semelhantes. Acariciam os fortes, corruptores sentimentos de Satanás, e exercem um poder dominante, coercivo. Sob a influência desses sentimentos, os homens ligam-se entre si, formando confederações, em sindicatos e em sociedades secretas. Há em operação no mundo forças que Deus não tolerará por muito tempo mais. -- Carta 114, 1903. O estudado propósito de Satanás, de empregar faculdades para finalidades egoístas MCP1 28 4 Satanás tem redes e laços, como os laços dos passarinheiros, todos preparados para apanhar as almas. É estudado desígnio seu que os homens empreguem as faculdades que lhes foram dadas por Deus para fins egoístas, de preferência a entregá-las para a glória de Deus. Deus deseja que os homens se empenhem em trabalho que lhes traga paz e alegria, e lhes produza proveito eterno; Satanás, porém, quer que concentremos nossos esforços no que não aproveita, nas coisas que perecem com o uso. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1901; Nossa Alta Vocação, 198 (1910). A transgressão não trouxe uma nova ordem de energias e paixões MCP1 29 1 Não devemos supor que, desde a transgressão de Adão, Deus tenha dado aos seres humanos uma nova ordem de energias e paixões, pois isto daria idéia de que Deus tivesse intervindo para implantar no gênero humano propensões pecaminosas. Cristo iniciou Sua obra de transformação logo que o homem transgrediu, a fim de que, pela obediência à lei de Deus e fé em Cristo, eles pudessem reaver a perdida imagem de Deus. -- Manuscrito 60, 1905. Cada qual tem de escolher uma de duas bandeiras MCP1 29 2 Aqui se dará o grande desfecho. Aqui estão os dois grandes poderes confrontando-se: o Príncipe de Deus, Jesus Cristo, e o príncipe das trevas, Satanás. Aqui se ferirá o conflito aberto. Só há no mundo duas classes, e cada ser humano se alinhará sob uma das duas bandeiras: a bandeira do Príncipe das trevas ou a bandeira de Jesus Cristo. -- Carta 38, 1894. O pecado afeta o ser todo MCP1 29 3 O pecado afeta o ser todo; assim também se dá com a graça. -- Carta 8, 1891. MCP1 29 4 É o coração obstinado que tem rebaixado as faculdades da alma. Todos quantos quiserem aprender a ciência da salvação precisam ser submissos estudantes na escola de Cristo, para que o templo da alma se possa tornar a morada do Altíssimo. Se quisermos aprender de Cristo, a alma precisa esvaziar-se de todos os seus orgulhosos bens, para que nela Cristo imprima Sua imagem. -- Carta 5, 1898; Nossa Alta Vocação, 103. A cruz confere à mente humana o devido nível MCP1 29 5 Que dá à mente humana o devido nível? A cruz do Calvário. Olhando a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé, todo desejo de glorificação egoísta é lançado por terra. Ao termos a devida visão, vem um espírito de humilhação do próprio eu, que promove abatimento e humildade de espírito. Ao contemplarmos a cruz, somos habilitados a ver a maravilhosa providência por ela trazida a todo crente. Deus em Cristo... devidamente visto, nivelará o orgulho e exaltação humanos. Não haverá exaltação de si mesmo, mas verdadeira humildade. -- Carta 20, 1897; Nossa Alta Vocação, 112. O homem torna-se completo em Cristo MCP1 30 1 Cristo traz Seus discípulos em viva comunhão com Ele e com o Pai. Mediante a operação do Espírito Santo na mente humana, o homem torna-se completo em Cristo Jesus. A união com Cristo promove um laço de união entre uns e outros. Esta união é a mais convincente prova ao mundo, da majestade e virtude de Cristo, e de Seu poder de tirar o pecado. -- Manuscrito 111, 1903; The S.D.A. Bible Commentary 5:1148. Só Deus pode elevar o homem na escala do valor moral MCP1 30 2 O valor do homem tal como Deus o estima, é por sua união com Cristo; pois Deus é o único Ser capaz de elevar o homem na escala do valor moral pela justiça de Cristo. A honra e a grandeza mundanas valem simplesmente aquilo que o Criador do homem lhes atribui. Sua sabedoria é loucura, fraqueza a sua força. -- Carta 9, 1873; Nossa Alta Vocação, 147. O egoísmo e seus frutos MCP1 30 3 O egoísmo é a essência da depravação, e, devido a se terem os seres humanos submetido ao seu poder, o que se vê no mundo é o oposto à fidelidade a Deus. Nações, famílias e indivíduos estão cheios do desejo de fazer do eu um centro. O homem almeja governar sobre os seus semelhantes. Afastando-se de Deus e dos semelhantes em seu egoísmo, segue suas irrefreadas inclinações. Age como se o bem dos outros dependesse de se submeterem a sua supremacia. -- The Review and Herald, 25 de Junho de 1908; Mordomia e Prosperidade 24. A vitória pode ser alcançada MCP1 30 4 Mediante o cultivo de justos princípios, pode o homem alcançar a vitória sobre a tendência para o mal. Se ele for obediente à lei de Deus, seus sentidos não continuarão por mais tempo torcidos e deformados; as faculdades não são por mais tempo pervertidas e esbanjadas por se exercitarem em objetivos que são de molde a levar ao afastamento de Deus. Mediante a graça concedida pelo Céu, as palavras, os pensamentos e as energias podem ser purificados; pode formar-se um novo caráter, e ser vencido o vil pecado. -- Manuscrito 60, 1905. Mente vacilante, começo da tentação MCP1 31 1 O começo de ceder à tentação está no pecado de permitir que a mente vacile, seja incoerente com a vossa confiança em Deus. O maligno está sempre à espreita de um ensejo para desfigurar a Deus, e atrair a mente para o que é proibido. MCP1 31 2 Se ele puder, fixá-la-á nas coisas do mundo. Procurará excitar as emoções, despertar as paixões, firmar as afeições no que não é para vosso bem; pertence-vos, porém, manter toda emoção e paixão sob domínio, em calma sujeição ao entendimento e à consciência. Então Satanás perde o poder de controlar a mente. MCP1 31 3 A obra a que Cristo nos chama é a de vencer progressivamente o mal espiritual em nosso caráter. As tendências naturais devem ser vencidas. ... O apetite e a paixão precisam ser dominados, e a vontade inteiramente posta do lado de Cristo. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1892; Nossa Alta Vocação, 85. Ninguém precisa perder a esperança por motivo de tendências herdadas MCP1 31 4 Satanás está sempre alerta para enganar e desencaminhar. Ele usa todo encantamento para atrair os homens para a larga estrada da desobediência. Ele está empenhado em confundir os sentidos com sentimentos errôneos e remover os marcos divisórios, colocando sua falsa inscrição nos marcos que Deus estabeleceu para assinalar o caminho certo. É porque estes maus instrumentos estão empenhados em eclipsar à alma todo raio de luz, que seres celestiais são encarregados de fazer seu trabalho de ministério, guiando, guardando e controlando os que hão de ser herdeiros da salvação. Ninguém precisa perder a esperança por causa das herdadas tendências para o mal, mas quando o Espírito de Deus convence do pecado, o malfeitor tem de arrepender-se e confessar e abandonar o mal. Fiéis sentinelas estão de prontidão, para guiar as almas em veredas certas. -- Manuscrito 8, 1900; The S.D.A. Bible Commentary 6:1120. Participante do pecado por motivo da associação MCP1 32 1 A alma que foi transviada por más influências e se tornou participante do pecado por associar-se com outros, agindo contrariamente ao espírito e caráter de Deus, não precisa desesperar. "Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote assim como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e feito mais alto do que os céus." Hebreus 7:26. Cristo não é só sacerdote e intercessor por nossos pecados, mas a própria oferta. Ele Se ofereceu uma vez por todas. -- Carta 11, 1897. A obra de Satanás é desanimar; a de Cristo, inspirar esperança MCP1 32 2 Nem por um momento reconheçais as tentações de Satanás como estando em harmonia com vosso próprio espírito. Fugi delas como o faríeis do próprio adversário. A obra de Satanás é desalentar a alma. A de Cristo é inspirar fé e esperança ao coração. Satanás procura transtornar nossa confiança. Diz-nos que nossas esperanças assentam em falsas promessas, e não na segura, imutável palavra dAquele que não pode mentir. -- Manuscrito 31, 1911; Nossa Alta Vocação, 83. Remédio para toda sorte de tentação MCP1 32 3 Há um remédio para toda espécie de tentação. Não somos entregues a nós mesmos, a combater o combate contra o próprio eu e a natureza pecaminosa em nossas forças finitas. Jesus é poderoso ajudador, apoio infalível. ... Ninguém precisa falhar ou ficar desanimado quando foram tomadas tão amplas providências em nosso favor. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1884; Nossa Alta Vocação, 86. O sangue de Cristo, o único remédio MCP1 32 4 A lei de Jeová é amplíssima. Jesus... declarou positivamente a Seus discípulos que esta santa lei de Deus pode ser violada mesmo por pensamentos e sentimentos e desejos, bem como em palavras e atos. O coração que ama a Deus sobre todas as coisas, não há de maneira alguma de inclinar-se a estreitar Seus preceitos às menores reivindicações possíveis, mas a alma obediente, leal, há de prestar alegremente plena obediência espiritual quando a lei é vista em seu poder espiritual. Então há de os mandamentos penetrar na alma em sua força real. O pecado parecerá extremamente pecaminoso. ... Não mais há justiça própria, presunção, o honrar-se a si mesmo. Desaparece a segurança baseada em si mesmo. Profunda convicção de pecado e aversão de si mesmo, eis o resultado, e a alma, em seu desesperado senso de perigo, apodera-se do sangue do Cordeiro de Deus como seu único remédio. -- Carta 51, 1888; Nossa Alta Vocação, 138. Defrontando o desafio do tentador MCP1 33 1 Satanás virá ter convosco, dizendo: Sois pecador. Não permitais, porém, que ele vos encha a mente com o pensamento de que, por isso que sois pecador, Deus vos tenha rejeitado. Dizei-lhe: Sim, sou pecador, e por essa razão preciso de um Salvador. Preciso de remissão e perdão, e Cristo diz que, se for ter com Ele, não perecerei. Em sua carta para mim, leio: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. Eu crerei na palavra que me deixou. Obedecerei às Suas ordens. Quando Satanás vos diz que estais perdidos, respondei: Sim, mas Jesus veio buscar e salvar o que estava perdido. Quanto maior meu pecado, tanto maior minha necessidade de um Salvador. -- Carta 98b, 1896. A atenção desviada, da confusão para as obras de Deus MCP1 33 2 Deus convida Suas criaturas a volverem a atenção, da confusão e perplexidade que os cerca, e admirarem as obras de Suas mãos. Os corpos celestes merecem ser contemplados. Deus os fez para benefício do homem, e ao estudarmos as Suas obras, anjos de Deus estarão ao nosso lado para nos iluminar a mente e guardar-nos dos enganos satânicos. -- Manuscrito 96, 1899; The S.D.A. Bible Commentary 4:1145. O que a religião faz MCP1 34 1 A verdadeira religião enobrece a mente, refina o gosto, santifica o juízo, e torna participante da pureza e santidade do Céu o seu possuidor. Traz para perto de nós os anjos e nos separa mais e mais do espírito e influência do mundo. Faz parte de todos os atos e relações da vida e nos dá o "espírito de moderação", e o resultado é a felicidade e a paz. -- The Signs of the Times, 23 de Outubro de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 629, 630. Aumenta a capacidade intelectual MCP1 34 2 Como no caso de Daniel, na exata proporção em que o caráter espiritual é aperfeiçoado, aumenta a capacidade intelectual. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1898; The S.D.A. Bible Commentary 4:1168. Melhora a saúde física MCP1 34 3 Torne-se entendida a mente, e a vontade se coloque ao lado do Senhor, e haverá uma melhora maravilhosa da saúde física. -- Medical Ministry, Novembro-Dezembro de 1892; Conselhos Sobre Saúde, 505. Fazer o que é reto, é o melhor remédio MCP1 34 4 A consciência de fazer o que é reto é o melhor remédio para o corpo e a alma enfermos. A bênção especial de Deus que repousa sobre o recebedor é saúde e vigor. Aquele cuja mente está calma e satisfeita em Deus encontra-se no caminho certo para a saúde. Ter a consciência de que os olhos do Senhor estão sobre nós, e de que os Seus ouvidos estão atentos às nossas orações, é realmente uma satisfação. Saber que temos um Amigo que jamais falha, a quem podemos confiar todos os segredos da alma, é uma felicidade que as palavras jamais podem expressar. -- The Signs of the Times, 23 de Outubro de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 628. O amor de Jesus circunda a alma de fragrante atmosfera MCP1 34 5 A alma dos que amam a Jesus será circundada de pura e fragrante atmosfera. Alguns há que ocultam a fome de sua alma. Estes serão grandemente auxiliados por uma palavra terna ou uma bondosa lembrança. Os dons celestiais, gratuita e abundantemente concedidos por Deus, devem ser por sua vez gratuitamente concedidos a todos quantos chegam dentro do círculo de nossa influência. Revelamos assim amor de origem celeste, e que aumentará à medida que é francamente usado em beneficiar os outros. Assim glorificamos a Deus. -- Manuscrito 17, 1899; Nossa Alta Vocação, 229. Resultados de um momento de irreflexão MCP1 35 1 Uma salvaguarda removida da consciência, a condescendência com um só mau hábito, uma única negligência das altas reivindicações do dever, pode ser o princípio de um procedimento de engano que vos passará para as fileiras daqueles que servem a Satanás, enquanto estais todo o tempo professando amar a Deus e a Sua causa. Um momento de irreflexão, um só passo errado, pode volver toda a corrente de vossa vida para a direção errada. -- Testimonies for the Church 5:398 (1885). Deus não opera milagre para evitar a má colheita MCP1 35 2 O Senhor manda-nos advertências, conselhos e repreensão, para que tenhamos oportunidade de corrigir nossos erros, antes de se tornarem nossa segunda natureza. Mas se recusamos ser corrigidos, Deus não intervém para frustrar as tendências de nosso próprio procedimento. Ele não opera milagre para que a semente semeada não germine e produza fruto. MCP1 35 3 O homem que manifeste uma infiel audácia ou uma obstinada indiferença para com a verdade divina, estará apenas colhendo o produto de sua própria sementeira. Essa tem sido a experiência de muitos. Ouvem com estóica indiferença as verdades que outrora lhes comoviam a alma. Semearam a negligência, a indiferença e a resistência à verdade; e tal é a colheita que recolhem. A frieza do gelo, a dureza do ferro, a impenetrável e insensível natureza do granito -- tudo isto encontra um paralelo no caráter de muitos professos cristãos. MCP1 35 4 Foi assim que Deus endureceu o coração de Faraó. Deus falou ao rei egípcio pela boca de Moisés, dando-lhe as mais impressionantes provas do poder divino; mas o monarca recusou, obstinadamente, a luz que o teria levado ao arrependimento. Deus não mandou que um poder sobrenatural endurecesse o coração do rebelde rei, mas como Faraó resistisse à verdade, o Espírito Santo Se retirou, e ele se deixou ficar nas trevas e incredulidade que preferira. Pela persistente rejeição da influência do Espírito, os homens se desligam de Deus. Ele não tem em reserva instrumento mais poderoso, para iluminar-lhes a mente. Nenhuma revelação de Sua vontade pode alcançá-los em sua incredulidade. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; The S.D.A. Bible Commentary 3:1151. Moldando nosso ambiente, em vez de ser por ele moldados MCP1 36 1 Há males que o homem pode atenuar, mas jamais remover. Ele deve vencer os obstáculos e formar seu ambiente, em vez de ser por ele moldado. Ele tem margem para pôr em prática seus talentos, pondo ordem e harmonia onde há confusão. Nesta obra pode ele ter auxílio divino, se o reclamar. Não é deixado a lutar com suas próprias forças contra as tentações e provas. Foi autorizado a ajudar, Um que é poderoso. Jesus deixou as cortes reais do Céu e sofreu e morreu num mundo degradado pelo pecado, para que pudesse ensinar o homem a passar pelas provas da vida e vencer as suas tentações. Aqui está um modelo para nós. -- Testimonies for the Church 5:312 (1885). Deus deseja que a mente se renove MCP1 36 2 Deve ser varrido o lixo dos princípios e práticas duvidosos. O Senhor deseja que o entendimento seja renovado, e o coração cheio dos tesouros da verdade. -- Manuscrito 24, 1901; Nossa Alta Vocação, 104. Tratar judiciosamente com mentes diversas MCP1 36 3 Todos nós precisamos estudar o caráter e maneiras a fim de que saibamos lidar judiciosamente com mentes diversas, e podermos envidar os melhores esforços para ajudá-los a compreender a Palavra de Deus e levar uma verdadeira vida cristã. Devemos ler a Bíblia com eles e desviar sua atenção das coisas temporais para seus interesses eternos. É dever dos filhos de Deus ser missionários Seus, tornando-se familiarizados com aqueles que carecem de auxílio. Se alguém está cambaleando sob o peso da tentação, seu caso deve ser considerado cuidadosamente e tratado prudentemente, pois seu interesse eterno está em jogo, e as palavras e atos dos que trabalham em seu favor podem ser um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. -- Testimonies for the Church 4:69 (1876). Inflexível princípio assinala os discípulos de Jesus MCP1 37 1 Inflexível princípio assinalará a direção dos que se assentam aos pés de Jesus e dEle aprendem. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; Nossa Alta Vocação, 158. ------------------------Capítulo 5 -- A mente fanática Fanáticos e fanatismo penetrarão MCP1 38 1 Vivemos num tempo em que todo aspecto de fanatismo se insinuará entre os crentes e descrentes. Satanás forçará entrada, falando mentiras, hipocritamente. Apresentará tudo que possa inventar, para enganar homens e mulheres. -- Carta 121, 1901; Medicina e Salvação, 114. Como Satanás procede MCP1 38 2 Temos visto, em nossa experiência, que, se Satanás não consegue prender as almas no gelo da indiferença, ele procurará impeli-las para o fogo do fanatismo. Quando o Espírito do Senhor Se faz notar entre o Seu povo, o inimigo aproveita a oportunidade para também atuar sobre várias mentes, levando-as a misturar seus próprios peculiares traços de caráter com a obra de Deus. Assim, sempre há o perigo de que eles permitam que suas próprias idéias se misturem com a obra e assim se tomem resoluções imprudentes. Muitos se empenham numa obra por eles mesmos ideada, e que não é inspirada por Deus. -- Carta 34, 1889. Semelhante a Testimonies for the Church 5:644. Resultado de entreter tendências defeituosas MCP1 38 3 Alguns há que não dão ouvidos. Por tanto tempo preferiram seguir seu próprio caminho e sua própria sabedoria, por tanto tempo acariciaram defeituosas tendências de caráter, hereditárias e cultivadas, que se tornaram cegos, não podendo enxergar a distância. Por eles são pervertidos princípios, erguidas normas falsas, formam-se critérios que não trazem a assinatura do Céu. ... Entre esses há os que se orgulham no Senhor, como pessoas que praticam a justiça e não abandonam as ordenanças de seu Deus. -- Manuscrito 138, 1902. Privados de atitude mental sadia MCP1 39 1 Os que foram presos na cilada de Satanás não chegaram ainda a entreter uma sadia atitude mental. Estão cegados, julgam-se importantes, auto-suficientes. Oh! com que pesar o Senhor os olha, ouvindo suas grandes palavras, pejadas de vaidade! Estão inflados de orgulho. O inimigo os contempla com surpresa ante a facilidade com que se deixaram cativar. -- Carta 126, 1906. Humildade espúria MCP1 39 2 Muita humildade espasmódica, espúria se vê entre professos cristãos. Alguns, resolvidos a vencer o próprio eu, colocam-se no nível mais baixo possível; mas exercem apenas suas próprias forças, e a próxima onda de louvor ou lisonja, arrasta-os para fora da vista. Não estão dispostos a submeter-se inteiramente a Deus, e Ele não pode agir por meio deles. MCP1 39 3 Não atribuais nenhuma glória a vós mesmos. Não trabalheis com a mente dividida, procurando servir a Deus e ao próprio eu ao mesmo tempo. Mantende fora de vista ao próprio eu. Que vossas palavras conduzam os cansados e sobrecarregados a Jesus, o compassivo Salvador. Trabalhai como vendo-O, a Ele que está a vossa mão direita, pronto a conceder-vos forças para o serviço. Vossa única segurança está na inteira confiança em Cristo. -- The Review and Herald, 11 de Maio de 1897. Dar demasiada importância a um arroubo sentimental MCP1 39 4 Há os que não se satisfazem com uma reunião a menos que haja uma feliz exibição de poder. Esforçam-se nesse sentido e conseguem uma excitação de sentimentos. Mas não é benéfica a influência dessas reuniões. Passado o feliz arroubo de sentimentos, caem mais baixo do que antes da reunião, porque sua sensação feliz não proveio de fonte certa. As mais proveitosas reuniões, quanto à promoção espiritual, são as caracterizadas por solene e profundo exame do coração, cada qual procurando conhecer-se a si mesmo e aprender de Cristo, fervorosamente e em profunda humildade. -- Testimonies for the Church 1:412 (1864). Estranhas práticas MCP1 40 1 Por essas estranhas mostras de fanatismo como a que tivemos recentemente entre nós na Califórnia, com práticas esquisitas e pretensão de poder para expulsar demônios, procura Satanás enganar, se possível, os próprios eleitos. Essas pessoas, alegando ter uma mensagem especial para o nosso povo, acusavam este e aquele de estar possesso de um espírito mau. Então, depois de orar com eles, declaravam expulso o demônio. O resultado de seu trabalho atestava de seu caráter. Fui mandada dizer ao nosso povo que o Senhor não autorizava essas estranhas práticas, mas que essas exibições iludiam as pessoas, levando-as à ruína, a menos que fossem advertidas, pois seria pervertida a verdade bíblica. -- Carta 12, 1909. Combativos por natureza MCP1 40 2 Há os que são combativos por natureza. Pouco se lhes dá concordarem ou não com os seus irmãos. Têm prazer em entrar em polêmicas, gostam de lutar em defesa de suas singulares idéias; devem, porém, pôr de lado isso, pois não contribui para promover as graças cristãs. Trabalhai com todas as forças para atender à oração de Cristo, isto é, que Seus discípulos fossem um, assim como Ele é um com o Pai. Nenhum de nós está em segurança, a menos que diariamente aprendamos de Cristo Sua mansidão e humildade. MCP1 40 3 Em vosso trabalho não sejais ditatoriais, não sejais severos, não sejais antagonísticos. Pregai o amor de Cristo, que isso abrandará e subjugará os corações. Procurai ser do mesmo sentimento e mesmo juízo que vossos irmãos e falar as mesmas coisas. Isso de falar acerca de divisões por isso que nem todos têm as mesmas idéias que se apresentam a vossa mente, não é obra de Deus, mas do inimigo. Falai as simples verdades, com as quais haja acordo. Falai de unidade; não vos torneis estreitos e presunçosos; deixai que vossa mente se amplie. -- Manuscrito 111, 1894. Seguindo uma norma auto-estabelecida MCP1 41 1 Há muitos, muitos, que confiam em sua própria justiça. Estabelecem uma norma para si mesmos, e não se submetem à vontade de Cristo, nem permitem que Ele os envolva nas vestes de Sua justiça. Formam um caráter de acordo com o seu bel-prazer. Satanás se agrada de sua religião. Representam falsamente o caráter perfeito -- a justiça -- de Cristo. Enganados eles mesmos, por sua vez enganam outros. Não são aceitos por Deus. São capazes de levar outras almas para veredas falsas. Receberão afinal sua recompensa, juntamente com o grande enganador -- Satanás. -- Manuscrito 138, 1902. Reação de um fanático MCP1 41 2 Alguns anos depois, um homem chamado N, de Red Bluff, na Califórnia, veio a mim para dar sua mensagem. ... Pensava que Deus passara por alto todos os dirigentes e lhe dera a mensagem. Tentei mostrar-lhe que estava enganado. ... Quando lhe dissemos nossas razões e lhe expusemos o assunto, em que ele estava em erro, grande poder veio sobre ele, e deu certamente um alto clamor. ... Tivemos muita dificuldade com ele; sua mente ficou desequilibrada e ele teve de ser internado num asilo de alienados. -- Carta 16, 1893; Mensagens Escolhidas 2:64. Como lidar com os fanáticos MCP1 41 3 Deus convoca Seus servos a que estudem Seu desejo e vontade. Então, quando se apresentam homens com teorias forjadas curiosamente, não discutam com eles, mas afirmem o que sabem. "Está escrito" deve ser vossa arma. Homens há que procurarão tecer seus delgados fios de falsas teorias. Graças a Deus existem também os que foram ensinados por Ele e sabem o que é a verdade. -- Carta 191, 1905. Cuidai das expressões e atitudes MCP1 41 4 Este é um tempo em que precisamos estar muito vigilantes, resguardando cuidadosamente as características da obra por fazer. Haverá os que procurarão introduzir teorias falsas, e se apresentarão com falsas mensagens. Satanás incitará mentes humanas, para criar fanatismo em nossas fileiras. Vimos algo disso em 1908. O Senhor deseja que Seu povo ande cautelosamente, cuidando das expressões e mesmo da atitude. Satanás usará atitudes e expressões excêntricas, para causar emoção e atuar em mentes humanas, enganando-as. -- Carta 12, 1909. Evitar testes de invenção humana MCP1 42 1 Novas e estranhas questões surgirão continuamente, para levar o povo de Deus a falsas emoções, reavivamentos religiosos, curiosos acontecimentos, mas nosso povo não deve submeter-se a nenhuns testes de invenção humana que haveriam de criar controvérsias de qualquer sorte. -- Manuscrito 167, 1897. Acautelai-vos quanto a chamada "luz nova", "maravilhosa", "avançada" MCP1 42 2 Minha alma acha-se muito opressa, porque sei o que nos espera no futuro. Todo engano imaginável se fará sentir por parte daqueles que não têm uma viva e diária comunhão com Deus. Os anjos de Satanás são sábios na prática do mal, e eles criarão isso que haverá quem alegará ser luz avançada, e a proclamará como nova e maravilhosa; entretanto, embora em alguns aspectos a mensagem possa ser verdadeira, será misturada com invenções humanas e apresentará como doutrina os mandamentos de homens. Se já houve tempo em que devêssemos vigiar e orar muito fervorosamente, esse tempo é o de agora. MCP1 42 3 Muita matéria aparentemente correta precisará ser cuidadosamente estudada, com muita oração, pois são especiosos estratagemas do inimigo, para guiar almas humanas por veredas que ficam tão perto do caminho da verdade, que mal se distingue dele. Os olhos da fé, porém, saberão discernir seu desvio, embora quase imperceptível, da vereda certa. A princípio pode julgar-se positivamente certo, mas sem demora se demonstrará largamente divergente do caminho que conduz à santidade e ao Céu. Irmãos meus, advirto-vos a que façais retas veredas para vossos pés, para que não se extravie o que é manco. -- Manuscrito 82, 1894. Fanatismo, difícil de extinguir MCP1 43 1 O fanatismo, uma vez iniciado e deixado às soltas, é tão difícil de extinguir como o incêndio que tomou conta de um prédio. Os que entraram nesse fanatismo [carne santa] e o mantiveram, fariam muitíssimo melhor em estar empenhados em obra secular; pois devido a sua atitude incoerente, estão desonrando ao Senhor e pondo em perigo o Seu povo. Muitos movimentos dessa espécie surgirão neste tempo, quando a obra do Senhor deve manter-se elevada, pura, inadulterada de superstições e fábulas. Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás. -- The General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901; Mensagens Escolhidas 2:35. Teorias muito elaboradas, que enchem a mente MCP1 43 2 Satanás está operando de muitas maneiras, para que os próprios homens que deveriam estar pregando a mensagem estejam ocupados com teorias muito elaboradas, que ele fará parecer de tal magnitude e importância que mereçam tomar a mente toda; e enquanto julgam estar dando maravilhosos e largos passos na vida cristã, estão idolatrando um punhado de idéias, e sua vida é prejudicada e pouca influência tem quanto à causa do Senhor. MCP1 43 3 Envide todo pastor fervorosos esforços para averiguar qual é o pensamento de Cristo. Há os que apanham da Palavra de Deus, e também dos Testemunhos, destacados parágrafos ou sentenças passíveis de ser interpretadas de modo a adaptar-se a suas idéias, e nisso demoram, exaltando-se na posição a que se guindaram a si mesmos, quando Deus não os está dirigindo. Ora, isso tudo apraz ao inimigo. Não devemos desnecessariamente seguir um procedimento que provoque diferenças ou cause dissensões. Não devemos dar impressão de que, se nossas idéias próprias não forem seguidas é porque falta aos pastores a compreensão. MCP1 43 4 Há nas lições ministradas por Cristo, abundância de assuntos sobre os quais podeis conversar, e os mistérios que nem vós nem vossos ouvintes podem compreender ou explicar, será melhor deixar em paz. Dai ao Senhor Jesus Cristo mesmo, oportunidade para ensinar; deixai que Ele, por influência de Seu Espírito, abra ao entendimento o maravilhoso plano da salvação. -- Manuscrito 111, 1894. Abandone o lado negativo (conselho a um pastor) MCP1 44 1 Se pudesses ver o resultado de sempre ficar no lado negativo, como fizeste durante anos, em maior ou menor medida, terias melhor compreensão das palavras do Salvador, registradas no capítulo décimo oitavo de Mateus. Os discípulos aproximaram-se de Jesus com a pergunta: "Quem é, porventura, o maior no reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos Céus. E quem receber uma criança, tal como esta, em Meu nome, a Mim Me recebe. Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!" Mateus 18:1-7. MCP1 44 2 Meu irmão, lança para longe todo o pensamento mau! Humilha perante Deus o coração. Então, abertos os teus olhos, não ficarás por mais tempo no lado negativo. "Se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno." Mateus 18:8. Corta teus atributos defeituosos, por doloroso que possa ser isso à natureza humana. "Se um dos teus olhos" -- tão vivos para ver algo que criticar, ou a que se opor -- "te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos, do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo." Verso 9. -- Carta 93, 1901. A fé vence o negativismo MCP1 44 3 Nós teremos êxito se avançarmos com fé, resolvidos a fazer a obra de Deus inteligentemente. Não devemos permitir que nos impeçam os homens que têm prazer em colocar-se no lado negativo, demonstrando muito pequena fé. A obra missionária de Deus tem de ser levada avante por homens de muita fé, e deve constantemente crescer em força e eficiência. -- Carta 233, 1904. O perigo da independência individual MCP1 45 1 Tem havido sempre na igreja os que estão constantemente inclinados à independência individual. Parecem incapazes de compreender que a independência de espírito é susceptível de levar o instrumento humano a ter demasiada confiança em si mesmo e em seu próprio discernimento de preferência a respeitar o conselho e estimar altamente a maneira de julgar de seus irmãos, especialmente os que se acham nos cargos designados por Deus para guia de Seu povo. Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar, pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 163, 164 (1911). Paz encontrada no cultivo da mansidão MCP1 45 2 A alma só encontra repouso ao cultivar a mansidão e humildade de coração. Jamais se encontrará a paz de Cristo onde reine o egoísmo. Não pode a alma crescer na graça se for egocêntrica e orgulhosa. Jesus assumiu a posição que o homem tem de ocupar para que a paz de Cristo possa habitar no coração. Os que se ofereceram a Cristo para tornar-se discípulos Seus, têm de negar-se a si mesmos diariamente, têm de erguer a cruz e andar nas pisadas de Jesus. Têm de ir aonde o Seu exemplo mostra o caminho. -- Carta 28, 1888. A virtude da cortesia cristã MCP1 45 3 Paulo, se bem que firme ao princípio como uma rocha, ainda conservou sempre a sua cortesia. Não era destituído de consideração para com a graça e a delicadeza devidas à vida social. O homem de Deus não absorveu o homem da humanidade. -- Carta 25, 1870; Nossa Alta Vocação, 234. MCP1 45 4 Algumas pessoas falam de maneira áspera, descortês, ferindo os sentimentos dos outros, e depois se justificam, dizendo: "É meu modo de ser; eu sempre digo justo o que penso"; e exaltam esse traço mau de caráter como uma virtude. Sua conduta indelicada deve ser firmemente repreendida. -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1885; Nossa Alta Vocação, 227. A autora chamada para atender a toda espécie de fanatismo MCP1 46 1 Em 1844 tivemos de atender ao fanatismo em toda parte, mas sempre me vinha a palavra: Uma grande onda de agitação é prejuízo para a obra. Mantenha os pés nas pegadas de Cristo. Foi-me dada uma mensagem para atender a toda espécie de fanatismo. Fui instruída a mostrar ao povo que, sob uma onda de agitação é feita uma obra estranha. Há os que aproveitam a oportunidade para introduzir superstições. Assim se fecha a porta para a promulgação de doutrina sadia. -- Carta 17, 1902. Um perigo impendente MCP1 46 2 À medida que o fim se aproxima, o inimigo há de trabalhar com todas as suas forças para introduzir entre nós o fanatismo. Ele se regozijaria em ver adventistas do sétimo dia indo a tais extremos que fossem considerados pelo mundo como um bando de fanáticos. Contra esse perigo é-me ordenado advertir ministros e membros leigos. Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma base verdadeira, a firmar os pés num claro: "Assim diz o Senhor." -- Obreiros Evangélicos, 316 (1915). Controle da mente, uma forma de fanatismo MCP1 46 3 Tenho falado distintamente acerca da perigosa ciência que diz que uma pessoa deve deixar a mente ao controle de outro. Esta ciência pertence ao diabo. MCP1 46 4 Esta é a espécie de fanatismo que tivemos que enfrentar em 1845. Naquele tempo eu ignorava o que ele pretendia, mas fui solicitada a apresentar um muito positivo testemunho contra o que quer que seja dessa espécie. -- Carta 130a, 1901. Cultivar uma perspectiva imparcial, otimista MCP1 46 5 Não há motivo para fixarmos os olhos no erro, ofender-nos e queixar-nos, e perder tempo precioso e oportunidades, em lamentar as faltas de outros. ... Não seria mais agradável a Deus ter uma visão imparcial, e ver quantas almas estão servindo a Deus e resistindo à tentação e glorificando-O e honrando-O com os seus talentos de meios e de intelecto? Não seria melhor considerar o maravilhoso poder operador de milagres na transformação de pobres e degradados pecadores, que estiveram cheios de corrupção moral e se transformaram de tal maneira que se tornaram semelhantes a Cristo no caráter? -- Carta 63, 1893; Nossa Alta Vocação, 246. ------------------------Capítulo 6 -- Normalidade sadia A fonte da verdadeira felicidade MCP1 48 1 Há pessoas de imaginação doentia, às quais a religião é um tirano, como que os dominando com vara de ferro. Estão constantemente lamentando sua depravação e chorando por supostos males. Amor não existe em seu coração; no semblante mostram sempre um sobrolho carregado. Sentem calafrios ante as inocentes risadas dos jovens, ou de quaisquer outros. Consideram pecado toda recreação ou entretenimento, e julgam que a mente tem de estar constantemente afinada por esse diapasão rígido e severo. Este é um dos extremos. MCP1 48 2 Outros acham que a mente deve estar sempre tensa, a inventar novas recreações e diversões para ter saúde. Aprendem a depender da excitação e sentem-se desassossegados sem ela. Esses não são cristãos verdadeiros. Vão para outro extremo. MCP1 48 3 Os verdadeiros princípios do cristianismo oferecem a todos uma fonte de felicidade cuja altura e profundidade, comprimento e largura são imensuráveis. É Cristo em nós, uma fonte d'água que salta para a vida eterna. É um manancial contínuo, do qual os cristãos podem beber à vontade sem nunca esgotar a fonte. -- Testimonies for the Church 1:565, 566 (1867). Zelo que desaparece rápido MCP1 49 1 Não devemos incentivar um espírito de entusiasmo que traz zelo por algum tempo, mas logo desaparece, deixando o desânimo e a depressão. Necessitamos do pão da vida, o pão que desce do Céu para dar vida à alma. Estudai a Palavra de Deus. Não vos deixeis controlar pelos sentimentos. Todos os que trabalham na vinha do Senhor devem aprender que sentimento não é fé. Estar sempre em estado de emoção, não é exigido. Exige-se, porém, que tenhamos firme fé na Palavra de Deus, como sendo a carne e o sangue de Cristo. -- Carta 17, 1902; Evangelismo, 139. Não fria ortodoxia nem descuidado liberalismo MCP1 49 2 O progresso da reforma depende de um claro reconhecimento da verdade fundamental. Ao passo que, de um lado, espreita o perigo em uma estreita filosofia e numa rígida e fria ortodoxia, há, por outro lado, maior perigo num descuidoso liberalismo. O fundamento de toda reforma estável é a lei de Deus. Cumpre-nos apresentar em linhas distintas e claras a necessidade de obedecer a essa lei. Seus princípios devem ser mantidos perante o povo. Eles são tão eternos e inexoráveis como o próprio Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 129 (1905). Necessitam-se espíritos bem equilibrados MCP1 49 3 Muito dizem as epístolas quanto à posse de uma fé sadia. Isto nos deve convencer da necessidade de prudência. Não devemos entretecer em nossa vivência nossas próprias inclinações e traços fortes de caráter. Isso representará erradamente os preciosos, edificantes e enobrecedores princípios da verdade e levará outros a se extraviar. Ter fé sadia quer dizer mais do que muitos compreendem. Significa corrigir cada erro que exista em nossos pensamentos e atos, para não corrompermos a Palavra de Deus. MCP1 49 4 Há necessidade, neste tempo, de espíritos bem equilibrados, cristãos robustos, sadios. Muitos dos que professam a Cristo têm uma vivência enfermiça. Não sabem tolerar coisa alguma desfavorável. Desanimam se julgam estar de qualquer modo sendo menosprezados ou ofendidos, se os irmãos não foram com eles tão afáveis como julgam deverem ser. O Grande Médico, por sua infinita proficiência, lhes restauraria a perfeita saúde moral; mas o paciente recusa seguir a receita que oferece. Essas pessoas podem, por breve tempo, aplicar ao seu caso a Palavra de Deus, mas não se tornam obradores dessa Palavra. Logo vão ter as influências que se adaptam a seus gostos naturais e neutralizam tudo que ganharam. -- The Review and Herald, 28 de Julho de 1896. Todas as faculdades devem ser cultivadas MCP1 50 1 Se certas faculdades são usadas mas negligenciadas outras, não é plenamente efetuado em nós o desígnio de Deus, pois todas as faculdades têm influência umas sobre outras, sendo em grande medida interdependentes. Não pode uma ser usada eficazmente sem a atuação de todas, a fim de que o equilíbrio seja cuidadosamente preservado. Se toda a atenção e força forem dadas a uma só, enquanto as outras permanecem inativas, essa terá um grande desenvolvimento, que a levará a extremos, porque não cultivou, todas as faculdades. Algumas mentes ficam anãs, sem o devido equilíbrio. Nem todas as mentes são iguais por natureza. Temos mentalidades várias; alguns são fortes em determinados pontos, e muitos fracos em outros. Essas deficiências, tão aparentes, não precisavam nem deviam existir. MCP1 50 2 Se os que as possuem fortalecessem os pontos fracos do caráter, mediante o cultivo e o exercício, tornar-se-iam fortes. -- Testimonies for the Church 3:33 (1972). Pôr em uso todas as faculdades da mente MCP1 50 3 Todas as faculdades da mente devem ser postas em uso e aperfeiçoadas, a fim de que homens e mulheres tenham mente bem equilibrada. O mundo está repleto de homens e mulheres unilaterais, que assim se tornaram porque cultivaram determinadas faculdades, deixando outras se atrofiarem pela inatividade. MCP1 50 4 A educação da maioria dos jovens é um fracasso. Estudam demasiado, ao passo que negligenciam o que pertence à vida de atividades práticas. Homens e mulheres tornam-se pais sem considerar suas responsabilidades, e sua prole afunda mais baixo na escala da deficiência humana do que eles mesmos. Assim a raça humana está degenerando rapidamente. MCP1 50 5 A constante aplicação ao estudo, como se está dando nas escolas agora dirigidas [1872], está desabilitando os jovens para a vida prática. A mente humana quer ter ação. Se não estiver ativa, na reta direção, será ativa no erro. A fim de conservar o equilíbrio mental, devem estar juntos, nas escolas, o trabalho e o estudo. -- Testimonies for the Church 3:152, 153 (1872). Recursos para melhoria, ao alcance de todos MCP1 51 1 São desejados jovens que sejam homens de entendimento, que saibam apreciar as faculdades intelectuais que Deus lhes concedeu e as cultivem com o máximo cuidado. O exercício amplia essas faculdades, e se não for negligenciada a cultura também do coração, o caráter ficará bem equilibrado. Os meios de melhoria estão ao alcance de todos. Portanto, ninguém decepcione o Senhor, quando vier em busca de fruto, não apresentando nada senão folhas. Um propósito resoluto, santificado pela graça de Cristo, operará milagres. -- Manuscrito 122, 1899. Corpo, espírito e coração sob o controle de Deus MCP1 51 2 Aquele que na verdade ama e teme a Deus, esforçando-se, com sinceridade de propósito, a cumprir a Sua vontade, colocará ao serviço de Deus, corpo, espírito, coração, alma e forças. Foi isto que se deu com Enoque. Ele andou com Deus. ... Os que estão resolvidos a fazer da vontade de Deus a sua própria, têm de servir e agradar a Deus em tudo. Então o caráter será harmonioso e bem equilibrado, coerente, animoso e verdadeiro. -- Carta 128, 1897; Nos Lugares Celestiais, 190. As faculdades da mente devem dominar sobre o corpo MCP1 51 3 A verdadeira educação inclui o ser todo. Ela ensina o devido emprego do próprio eu. Habilita-nos a fazer o melhor uso do cérebro, ossos e músculos; do corpo, mente e coração. As faculdades do espírito são as mais elevadas; têm de governar o reino do corpo. Os naturais apetites e paixões devem ser sujeitos ao domínio da consciência e das afeições espirituais. Cristo Se acha à testa da humanidade, e Seu desígnio é conduzir-nos, em Seu serviço, a elevadas e santas veredas de pureza. Mediante a assombrosa operação de Sua graça, temos de nos tornar completos nEle. -- A Ciência do Bom Viver, 398, 399 (1905). Mente bem desenvolvida e amplitude de caráter MCP1 52 1 Os obreiros de Deus devem esforçar-se por ser homens multilaterais; isto é, devem ter amplitude de caráter. Não devem ser homens de visão acanhada, estereotipados com uma única maneira de trabalhar, presos aos mesmos costumes e incapazes de ver e perceber que suas palavras e a defesa que fazem da verdade têm que variar com a classe de gente com que têm de lidar e com circunstâncias que surgem. Todos devem buscar constantemente desenvolver bem a mente e vencer o caráter mal equilibrado. Isto deve ser seu estudo constante, se você quiser tornar-se obreiro útil, de êxito. -- Carta 12, 1887; Evangelismo, 106. Assuntos vulgares, triviais, definham a mente MCP1 52 2 Na mente de todo estudante deve ser gravado o pensamento de que a educação é um fracasso a menos que o entendimento soube apreender as verdades de revelação divina, e a menos que o coração aceite os ensinamentos do evangelho de Cristo. O estudante que, em vez dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceite idéias comuns e permita que o tempo e a atenção sejam absorvidos por assuntos vulgares, triviais, verá que a mente se está tornando definhada, enfraquecida. Ele perdeu a faculdade de crescer. A mente tem de ser ensinada a compreender as importantes verdades que concernem à vida eterna. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1909; Fundamentos da Educação Cristã, 536. A mente não deve ser abarrotada com coisas inúteis MCP1 52 3 A educação, como é conduzida nas escolas de nossos dias, [1897], é unilateral, e portanto errada. Como aquisição do Filho de Deus, somos propriedade Sua, e cada qual deve obter educação nas escolas de Cristo. Mestres sábios devem ser escolhidos para nossas escolas. Os mestres têm de lidar com mentes humanas, e são responsáveis a Deus quanto a gravar nessas mentes a necessidade de conhecer a Cristo como Salvador pessoal. Mas ninguém poderá verdadeiramente educar as adquiridas possessões de Deus, a menos que ele mesmo aprendeu na escola de Cristo a como ensinar. MCP1 52 4 Devo dizer-vos, com base na luz que me foi dada por Deus: Sei que muito tempo e dinheiro são despendidos pelos estudantes na aquisição de conhecimentos que são para eles como palha, pois não os habilitam a ajudar os semelhantes a formar um caráter que os habilite a unir-se aos santos e aos anjos na escola superior. Em vez de abarrotar sua mente juvenil com um montão de coisas aborrecidas e que em muitos casos para eles jamais terão qualquer uso, deve ser ministrada uma educação prática. Despendem-se tempo e dinheiro em adquirir conhecimentos inúteis. A mente deve ser cuidadosa e sabiamente ensinada a demorar-se nas verdades bíblicas. O principal objetivo da educação deve ser adquirir o conhecimento quanto a como podemos glorificar a Deus, a quem pertencemos pela criação e pela redenção. O resultado da educação deve ser habilitar-nos a compreender a voz de Deus. ... MCP1 53 1 Como os ramos da Videira Verdadeira, a Palavra de Deus apresenta unidade na diversidade. Há nela uma unidade perfeita, sobre-humana, misteriosa. Ela encerra sabedoria divina, e essa é o alicerce de toda educação verdadeira; esse Livro, porém, tem sido tratado com indiferença. MCP1 53 2 Agora, como nunca dantes, precisamos compreender a verdadeira ciência da educação. Se deixarmos de compreender isso, jamais teremos lugar no reino de Deus. "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Se é esse o preço do Céu, não deveria então nossa educação ser conduzida nessas linhas? -- Christian Educator, Agosto 1897. Fazer regras de ferro aos outros, desonra a Deus MCP1 53 3 Deus não justificará qualquer plano mediante o qual o homem, no mínimo grau oprima seu semelhante ou domine sobre ele. Logo que um homem comece a fazer uma regra férrea para os outros homens, ele desonra a Deus e põe em perigo sua própria alma e a alma de seus irmãos. -- Testimonies for the Church 7:181 (1902). Necessário o equilíbrio de mentes em desacordo MCP1 53 4 Aqui estamos reunidos -- de opiniões diferentes, diferente educação, e preparo diferente -- e não é de esperar que todas as mentes sigam pelo mesmo conduto; mas a questão é: Estamos nós, os vários ramos, enxertados na Videira-tronco? Isto é o que precisamos averiguar, e precisamos fazer a pergunta aos professores assim como aos estudantes. Precisamos compreender se estamos realmente enxertados na Videira-tronco. Se estamos, podemos ter maneiras diferentes, diferentes timbres de voz, vozes diferentes. Vós podeis olhar às coisas de determinado ponto de vista, e podemos ter idéias diferentes entre nós, em relação às Escrituras -- não em oposição às Escrituras, mas nossas idéias podem variar. Minha mente pode correr nas linhas que lhe são mais familiares, e outro pode pensar e adotar um ponto de vista de acordo com os seus traços de caráter, e ver motivo de profundo interesse em certo aspecto da questão, que outros não apanham. -- Manuscrito 14, 1894. Hissopo, cedro e palmeira MCP1 54 1 Em todas as disposições do Senhor, não existe nada mais belo, do que Seu plano de dar aos homens e às mulheres uma diversidade de dons. A igreja é Seu jardim, adornado de uma variedade de árvores, plantas e flores. Ele não espera que o hissopo fique do tamanho do cedro, nem que a oliveira atinja a altura de uma majestosa palmeira. Muitos têm recebido apenas um limitado preparo religioso e intelectual, mas Deus tem uma obra para esta classe de pessoas, se elas trabalharem com humildade, confiando nEle. -- Carta 122, 1902; Evangelismo, 98, 99. Características tão variadas como as flores MCP1 54 2 Das infinitas variedades de plantas e flores, podemos aprender uma importante lição. Nem todas as flores têm a mesma forma, nem a mesma cor. Algumas delas são medicinais. Outras são sempre fragrantes. Há cristãos professos que julgam ser seu dever fazer com que todos os outros sejam semelhantes a eles. Este plano é humano; não é o plano de Deus. Na igreja de Deus há lugar para características tão variadas como as flores do jardim. Em Seu jardim espiritual há muitas variedades de flores. -- Carta 95, 1902; Evangelismo, 99. Faculdades da mente e do corpo são dom de Deus MCP1 54 3 As reivindicações de Deus devem impressionar a consciência. Homens e mulheres precisam ser despertados para o dever do império de si mesmos, para a necessidade da pureza, a libertação de todo apetite aviltante e todo hábito contaminador. Precisam ser impressionados com o fato de que todas as suas faculdades de mente e corpo, são dons de Deus, e se destinam a ser preservadas nas melhores condições possíveis, para Seu serviço. -- A Ciência do Bom Viver, 130 (1905). Deus deseja caráter simétrico MCP1 55 1 Deus reprova os homens porque os ama. Quer que sejam fortes em Sua força, que possuam mente bem equilibrada e caráter simétrico; então eles serão exemplos ao rebanho de Deus, guiando-os pelo preceito e pelo exemplo para mais perto do Céu. Então edificarão a Deus um santo templo. -- Manuscrito 1, 1883; Mensagens Escolhidas 1:48. ------------------------Capítulo 7 -- Enfermidade que começa na mente Demasiado pouca atenção dada aos fatores causativos MCP1 59 1 Demasiado pouco se atende às causas que servem de base para a mortalidade, para a enfermidade e degenerescência que existem hoje em dia, mesmo nos países mais civilizados e favorecidos. A espécie humana está-se deteriorando. -- A Ciência do Bom Viver, 380 (1905). Nove décimos das doenças originam-se na mente MCP1 59 2 Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base. Talvez algum vivo problema doméstico esteja, qual cancro roendo até à alma e enfraquecendo as forças vitais. Remorsos pelos pecados às vezes solapam a constituição e desequilibram a mente. Há também doutrinas errôneas, como a de um inferno sempre ardente e o intérmino tormento dos ímpios que, dando exagerada e distorcida visão do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre as mentes sensíveis. -- Testimonies for the Church 5:444 (1885). A mente afeta o corpo MCP1 59 3 A relação existente entre a mente e o corpo é muito íntima. Quando um é afetado, o outro também o é. O estado da mente afeta a saúde do sistema físico. Se a mente se acha despreocupada e feliz, em virtude da consciência de estar agindo corretamente, e do senso de satisfação por estar promovendo a felicidade de outros, isso cria uma disposição que agirá sobre todo o organismo, produzindo uma circulação mais livre do sangue e dando tono a todo o corpo. A bênção de Deus é um poder salutar, e aqueles que são copiosos em fazer o bem a outros perceberão essa maravilhosa bênção tanto no coração como na vida. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 13 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 28; ver também Testimonies for the Church 4:60, 61 (1876). Cérebro bem nutrido e sadio MCP1 60 1 O cérebro é o órgão e instrumento da mente, e controla o corpo todo. Para as outras partes do organismo serem sadias, tem de o cérebro ser sadio. E para o cérebro ser sadio, o sangue tem de ser puro. Se, mediante corretos hábitos de comer e beber o sangue for conservado puro, o cérebro será nutrido devidamente. -- Manuscrito 24, 1900; Medicina e Salvação, 291. Vasta influência da imaginação MCP1 60 2 A doença é às vezes produzida, e com freqüência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos, poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). O poder elétrico do cérebro vivifica o organismo MCP1 60 3 Cumpre que se dê ênfase à influência do espírito sobre o corpo, como à deste sobre aquele. A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à moléstia; o efeito deprimente e mesmo ruinoso da ira, descontentamento, egoísmo, impureza; e de outro lado, o maravilhoso poder vivificante que se encontra em um bom ânimo, altruísmo, gratidão -- também devem ser apresentados. -- Educação, 197 (1903). Alguns são doentes por falta de força de vontade MCP1 61 1 Nas viagens, tenho deparado com muitos que eram realmente sofredores imaginários. Faltava-lhes força de vontade para subir acima da doença do corpo e da mente e combatê-la; e, por isso, foram detidos na escravidão do sofrimento. ... MCP1 61 2 Eu freqüentemente volto de junto do leito desses inválidos voluntários, dizendo de mim para mim: Morrendo aos poucos, morrendo por indolência -- enfermidade que ninguém pode curar a não ser a própria pessoa. -- The Health Reformer, Janeiro de 1871; Medicina e Salvação, 106, 107. Importância da mente sã em corpo são MCP1 61 3 As faculdades mentais e morais dependem da saúde física. Às crianças deve ser ensinado que devem ser sacrificados todos os prazeres e condescendências que interfiram com a saúde. Se às crianças forem ensinados a renúncia e o domínio próprio, elas se sentirão muito mais felizes do que permitindo-lhes a condescendência com desejos de prazeres e de vestuário extravagante. ... MCP1 61 4 A boa saúde, a mente sã e o coração puro não são considerados de primeira importância no lar. Muitos pais não educam os filhos para serem úteis e cumpridores do dever. São favorecidos e mimados, até que para eles a abnegação se torna quase uma impossibilidade. Não se lhes ensina que, para ter sucesso na vida cristã, o aperfeiçoamento de mente sã em corpo são é da maior importância. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1871. Crianças pressionadas demais, e muito cedo MCP1 61 5 Na sala de aulas está seguramente posto o fundamento para doenças de várias espécies. Mais especialmente, porém, o mais delicado de todos os órgãos -- o cérebro -- tem ficado muitas vezes permanentemente prejudicado por demasiado exercício. ... E a vida de muitos tem sido assim sacrificada por mães ambiciosas. Das crianças que, ao que parece, tiveram suficiente força de constituição para sobreviver a esse tratamento, muitas há que levam através da existência os seus efeitos. A energia nervosa cerebral fica tão fraca, que depois que eles chegam à maturidade, é-lhes impossível resistir a muito esforço mental. A força de alguns dos delicados órgãos do cérebro parece achar-se exausta. E não somente a saúde física e mental das crianças tem sido posta em risco por mandá-las demasiado cedo à escola, mas elas têm perdido no sentido moral. -- Healthful Living, 43, 44 (1865); Mensagens Escolhidas 2:436. Doença às vezes causada pelo egotismo MCP1 62 1 Muitos são enfermos física, mental e moralmente porque têm a atenção volvida quase exclusivamente para si mesmos. Poderiam ser salvos da estagnação pela sadia vitalidade de mentes mais jovens e variadas, e pela inquieta energia de crianças. -- Testimonies for the Church 2:647 (1871). MCP1 62 2 Muito poucos reconhecem os benefícios do cuidado, da responsabilidade e experiência que as crianças trazem à família. ... Uma casa sem crianças é lugar desolado. O coração dos habitantes está em perigo de tornar-se egoísta, de cultivar um amor pela sua própria situação, e consultar seus próprios desejos e conveniências. Acumulam compaixão para si mesmos, mas pouco têm para conceder a outros. O cuidado e a afeição para com crianças dependentes, remove a rusticidade de nossa natureza, faz-nos ternos e compassivos, e influi no desenvolvimento dos elementos nobres de nosso caráter. -- Testimonies for the Church 2:647 (1871). Emoções deprimentes são prejudiciais à saúde MCP1 62 3 É dever de todos cultivar um espírito prazenteiro, em vez de estar incubando tristezas e dificuldades. Muitos há que, deste modo, não só se fazem infelizes a si mesmos, mas também sacrificam a saúde e a felicidade a uma imaginação mórbida. Há em seu ambiente coisas que não são aprazíveis, e seu semblante traz continuamente o sobrecenho carregado que, mais claramente do que o fariam palavras, expressam descontentamento. Essas emoções deprimentes fazem-lhes grande mal à saúde, pois, estorvando o processo da digestão, interferem com a nutrição. Ao passo que o desgosto e a ansiedade não podem remediar um só mal que seja, podem eles causar grande dano; mas a disposição jovial e a esperança, enquanto iluminam a vereda dos outros, são "vida para os que as acham, e saúde para o seu corpo". Provérbios 4:22. -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885. Ao tratar doentes, estudar a mente MCP1 63 1 No tratamento do enfermo não se deve esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a moléstia. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). A doença origina-se na mente MCP1 63 2 Grande parte das doenças que afligem a humanidade tem sua origem na mente e só pode ser curada restaurando-se a saúde da mente. Existem muito mais pessoas do que imaginamos, que estão doentes mentalmente. A depressão produz muitos dispépticos, pois o problema mental tem uma influência paralisante sobre os órgãos digestivos. -- Testimonies for the Church 3:184 (1872). Cristo cura MCP1 63 3 Há uma enfermidade da alma que nenhum bálsamo pode alcançar, nenhum remédio curar. Orai por esses, e trazei-os a Jesus Cristo. -- Manuscrito 105, 1898; Beneficência Social, 71. Atmosfera provê saúde e vigor MCP1 63 4 Acima de tudo, devem os pais cercar os filhos de uma atmosfera de alegria, cortesia e amor. O lar em que habita o amor, e onde encontra expressão nos olhares, nas palavras e atos, é um lugar em que os anjos se deleitam em demorar-se. Pais, que a luz do amor, da jovialidade, e de um feliz contentamento entre em vosso próprio coração, e sua doce influência invada o lar. Manifestai espírito bondoso, paciente, e acoroçoai-o em vossos filhos, cultivando todas as graças que iluminarão a vida doméstica. A atmosfera assim criada será para as crianças o que o ar e a luz do Sol são para o mundo vegetal, promovendo a saúde e o vigor do espírito e do corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 115 (1913), [no inglês]. ------------------------Capítulo 8 -- A religião e a mente O amor de Cristo vivifica o ser todo MCP1 65 1 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas as mais altas energias do ser para a atividade. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). A obra de Cristo é curar os de coração quebrantado MCP1 65 2 O poder restaurador de Deus encontra-se por toda a Natureza. Se uma árvore é cortada, se um ser humano se fere ou fratura um osso, imediatamente a natureza começa a reparar o dano. Mesmo antes que exista a necessidade, os agentes de cura se encontram de prontidão; e logo que uma parte se ache ferida, toda a energia se aplica ao trabalho da restauração. Assim é no domínio das coisas espirituais. Antes que o pecado criasse a necessidade, Deus providenciara o remédio. Cada alma que cede à tentação, torna-se ferida, magoada pelo adversário; mas onde quer que haja pecado, há um Salvador. É a obra de Cristo "curar os quebrantados de coração", "apregoar liberdade aos cativos. ... pôr em liberdade os oprimidos". Lucas 4:18. -- Educação, 113 (1903). A prescrição do Salvador, para males mentais e espirituais MCP1 66 1 As palavras de nosso Salvador: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei" (Mateus 11:28) são uma receita, para a cura dos males físicos, mentais e espirituais. Embora os homens hajam trazido sobre si o sofrimento por causa de suas más ações, Ele os olha com piedade. NEle podem encontrar socorro. Grandes coisas fará por aqueles que nEle confiam. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). O evangelho versus ciência e literatura MCP1 66 2 A ciência e a literatura não podem trazer à entenebrecida mente dos homens a luz que o glorioso evangelho do Filho de Deus pode trazer. O Filho de Deus, tão-somente, pode realizar a grande obra de iluminar a alma. Não admira que Paulo exclame: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." Romanos 1:16. O evangelho de Cristo confere personalidade àqueles que crêem, e torna-os vivas epístolas, conhecidas e lidas por todos os homens. Deste modo o fermento da piedade é comunicado à multidão. Os seres celestiais conseguem discernir os verdadeiros elementos de grandeza de caráter, pois unicamente a bondade é por Deus estimada como eficiência. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 199, 200. O evangelho, tão-somente, pode curar os males que infelicitam a sociedade MCP1 66 3 O único remédio para os pecados e sofrimentos dos homens é Cristo. Unicamente o evangelho de Sua graça pode curar os males que infelicitam a sociedade. A injustiça do rico para com o pobre, e o ódio dos pobres para com os ricos, ambos têm a raiz no egoísmo; e este, somente pode ser desarraigado pela submissão a Cristo. Ele, unicamente, substitui o cobiçoso coração do pecado pelo novo coração de amor. Preguem os servos de Cristo o evangelho com o Espírito enviado do Céu e como Ele trabalhem para o benefício dos homens. Então, hão de se manifestar no abençoar e soerguer a humanidade, resultados cuja consecução seria totalmente impossível pelo poder humano. -- Parábolas de Jesus, 254 (1900). Unicamente mediante um desenvolvimento harmonioso pode ser atingida a perfeição MCP1 67 1 O desenvolvimento do espírito é um dever que temos para com nós mesmos, a sociedade e Deus. Nunca, porém, devemos imaginar meios de cultivo para o intelecto a expensas do moral e espiritual. E é unicamente mediante o harmonioso desenvolvimento de ambas as partes -- as faculdades mentais e morais -- que se pode atingir a mais alta perfeição de cada uma. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 541 (1913), [no inglês]. O lêvedo divino transforma a mente MCP1 67 2 Na parábola a mulher colocou o lêvedo na farinha. Era necessário suprir uma necessidade. ... Assim, o lêvedo divino teve efeito. ... A mente se transforma; as faculdades são postas a trabalhar. O homem não é suprido com novas faculdades, mas as faculdades que possui, são santificadas. Desperta-se a consciência, até aí morta. Mas o homem não pode ele mesmo fazer essa mudança. Ela só pode ser operada pelo Espírito Santo. ... MCP1 67 3 Quando nossa mente é controlada pelo Espírito de Deus, compreendemos a lição ensinada pela parábola do fermento. Os que abrem o coração para receber a verdade reconhecerão que a Palavra de Deus é o grande instrumento na transformação do caráter. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1899. A verdade evangélica provê firme propósito MCP1 67 4 Cada um de nós precisa ter uma profunda intuição dos ensinos da Palavra de Deus. Nosso espírito precisa estar preparado para resistir a toda prova, a toda tentação, seja ela externa ou interna. Precisamos saber porque cremos como o fazemos, e porque nos achamos do lado do Senhor. A verdade precisa velar em nosso coração, pronta a fazer soar um alarme, e concitar-nos à ação contra todo inimigo. Os poderes das trevas abrirão suas baterias sobre nós; e todos quantos são indiferentes e descuidosos, que puseram suas afeições nos tesouros terrenos, e não se importaram de compreender os tratos de Deus com Seu povo, serão vítimas fáceis. Poder algum a não ser o conhecimento da verdade tal como é em Jesus, nos fará jamais firmes; com isto, porém, um poderá perseguir a mil, e dois põem em fuga dez mil. -- The Review and Herald, 29 de Abril de 1884; Nossa Alta Vocação, 330. Confiar-nos a Cristo, traz-nos paz MCP1 68 1 Todo o nosso futuro depende de nossa ação individual, de abrirmos o coração para receber o Príncipe da paz. Nossa mente pode encontrar calma e repouso mediante o entregarmo-nos a Cristo, em quem há poder eficiente. Tendo conseguido essa paz, esse conforto, essa esperança, que Ele oferece a nossa alma, vosso coração se regozijará em Deus, nosso Salvador, pela grande e maravilhosa esperança que vos é apresentada, a vós como uma pessoa que reconhece o Grande Dom. Então vos sentireis tão gratos que louvareis a Deus pelo grande amor e graça concedidos. MCP1 68 2 Contemplai vosso Ajudador, Jesus Cristo. Dai-Lhe as boas-vindas, e convidai Sua graciosa presença. Vossa mente pode renovar-se dia a dia, e é privilégio vosso aceitar paz e repouso, erguer-vos acima dos acabrunhamentos e louvar a Deus por vossas bênçãos. Não levanteis barreiras de coisas objetáveis, para conservar Jesus afastado de vossa alma. Mudai a tonalidade de vossa voz; não murmureis; expressai gratidão pelo grande amor de Cristo, que vos tem sido mostrado e continua a sê-lo. -- Carta 294, 1906. Demorar o pensamento em Cristo provê estímulo MCP1 68 3 Se permitíssemos nossa mente demorar mais em Cristo e no mundo celestial, encontraríamos um poderoso estímulo e apoio ao ferir as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor do mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor que tão logo será nosso lar. Ante a formosura de Cristo todos os atrativos terrestres se afigurarão de pequenino valor. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1887. O conhecimento fortalece a mente e a alma MCP1 68 4 O que precisamos é de conhecimento que robusteça a mente e a alma, que nos torne homens e mulheres melhores. A educação do coração é de valor incomparavelmente maior que o mero saber dos livros. É bom, mesmo essencial, possuir conhecimento do mundo em que vivemos; mas se deixarmos a eternidade fora de nossas cogitações, sofreremos um fracasso de que jamais nos poderemos reabilitar. -- A Ciência do Bom Viver, 450 (1905). A mente e a luta espiritual MCP1 69 1 Nosso aperfeiçoamento na pureza moral depende de pensar retamente, e retamente agir. "Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem." "Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem." Mateus 15:11, 19, 20. MCP1 69 2 Os maus pensamentos destroem a alma. O poder de Deus para converter muda o coração, enobrece e purifica os pensamentos. A menos que se faça um resoluto esforço por manter os pensamentos centralizados em Cristo, a graça não pode revelar-se na vida. A mente tem de ocupar-se na luta espiritual. Todo pensamento tem de ser levado em cativeiro à obediência de Cristo. Todos os hábitos têm de ser postos sob o controle de Deus. -- Carta 123, 1904. A preocupação do espírito uma salvaguarda contra o mal MCP1 69 3 Como salvaguarda contra o mal, a preocupação do espírito com o bem vale mais do que inúmeras barreiras de lei ou disciplina. -- Educação, 213 (1903). A imaginação pervertida produz trevas MCP1 69 4 Se os olhos da mente contemplam a excelência do mistério da piedade, e a vantagem das riquezas espirituais sobre as riquezas mundanas, o corpo todo será pleno de luz. Se a imaginação é pervertida pela fascinação da pompa e esplendor terrenos, a ponto de o ganho parecer piedade, o corpo todo será pleno de trevas. Quando as faculdades da mente se concentram nos tesouros da Terra, elas se envilecem e apoucam. -- The Review and Herald, 18 de Setembro de 1888. A mente dirigida para o criador, não para a exaltação própria MCP1 70 1 Se a este princípio [trabalhar para glória de Deus] fosse dada a atenção que a importância do mesmo reclama, haveria uma modificação radical em alguns dos métodos usuais de educação. Em vez de apelar para o orgulho e para a ambição egoística, acendendo um espírito de emulação, esforçar-se-iam os professores por despertar o amor pela bondade, verdade e beleza -- por suscitar o desejo de perfeição. ... Em lugar de ser encaminhado às meras normas terrestres, ou ser movida pelo desejo de exaltação própria, que em si mesmo atrofia e apouca, a mente se encaminharia ao Criador, a fim de O conhecer e tornar-se semelhante a Ele. -- Patriarcas e Profetas, 595, 596 (1890). Águas vivas, e cisternas rotas MCP1 70 2 Jesus conhecia as necessidades da alma. Pompas, riquezas e honras não podem satisfazer o coração. "Se alguém tem sede, venha a Mim." O rico, o pobre, o elevado, o humilde, são igualmente bem-vindos. Ele promete aliviar os espíritos preocupados, confortar os tristes e dar esperança aos acabrunhados. MCP1 70 3 Muitos dos que ouviram a Jesus estavam a prantear desvanecidas esperanças, muitos nutriam algum desgosto oculto, muitos ainda procuravam satisfazer seus inquietos anseios com as coisas do mundo e o louvor dos homens; mas, obtido tudo, verificavam haver labutado para alcançar nada mais que uma cisterna rota, na qual se não podiam saciar. Por entre o brilho das festivas cenas, estavam descontentes e tristes. MCP1 70 4 Aquele súbito brado: "Se alguém tem sede", despertou-os de sua dolorosa meditação, e ao escutarem as palavras que se seguiram, seu espírito reviveu com nova esperança. O Espírito Santo apresentou-lhes o símbolo até que viram nele o oferecimento do inapreciável dom da salvação. -- O Desejado de Todas as Nações, 454 (1898). Necessária a união do empenho divino com o humano MCP1 70 5 O Espírito comunica a força que sustém almas que porfiam, lutam, em toda emergência, por entre a hostilidade dos parentes, o ódio do mundo e a consciência das próprias imperfeições e erros. A união do esforço divino e do humano, uma estreita ligação com Deus no princípio, no fim e sempre, com Ele que é a fonte de toda força -- eis o que é absolutamente necessário. -- The Review and Herald, 19 de Maio de 1904; Nossa Alta Vocação, 149. ------------------------Capítulo 9 -- A mente -- a cidadela A capital do corpo MCP1 72 1 Cada órgão do corpo foi feito para ser servo da mente. A mente é a capital do corpo. -- Testimonies for the Church 3:136 (1872). MCP1 72 2 A mente controla o homem todo. Todas as nossas ações, boas ou más, têm sua origem na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. No entanto, muitos passam a vida toda sem se tornar entendidos quanto ao escrínio que contém esse tesouro. -- Special Testimonies on Education, 11 de Maio de 1896; Fundamentos da Educação Cristã, 426. O cérebro controla o corpo MCP1 72 3 Existem hoje muitos inválidos que sempre assim permanecerão, porque não se convencem de que seu modo de viver não merece confiança. O cérebro é a capital do corpo, a sede de todas as forças nervosas e da ação mental. Os nervos procedentes do cérebro controlam o corpo. Pelos nervos do cérebro são transmitidas impressões mentais para todos os membros do corpo, como se fossem fios telegráficos, e eles controlam a ação vital de todas as partes do organismo. Todos os órgãos de movimento são governados pelas comunicações que recebem do cérebro. -- Testimonies for the Church 3:69 (1872). MCP1 73 1 Os nervos do cérebro, que se comunicam com todo o organismo, são os únicos instrumentos pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem e afetar sua vida mais íntima. -- Testimonies for the Church 2:347 (1870). Satanás ataca as faculdades perceptivas MCP1 73 2 Satanás aproxima-se do homem com suas tentações, como um anjo de luz, como o fez com Cristo. Tem trabalhado para levar o homem a um estado de fraqueza física e moral, a fim de o poder vencer com suas tentações, triunfando em seguida sobre sua ruína. E tem sido bem-sucedido em tentar o homem a condescender com o apetite, a despeito dos resultados. Sabe bem ser impossível ao homem desempenhar-se de suas obrigações para com Deus e seus semelhantes, enquanto prejudica as faculdades que Deus lhe deu. O cérebro é a capital do corpo. Se as faculdades perceptivas se obscurecem devido à intemperança de qualquer espécie, as coisas eternas deixam de ser discernidas. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 236. A tirania da moda MCP1 73 3 O vigor ou a fraqueza da mente tem muito que ver com nossa utilidade no mundo e nossa salvação final. A ignorância que tem dominado quanto à lei de Deus a respeito de nossa natureza física, é deplorável. A intemperança de qualquer espécie é uma violação das leis de nosso ser. A imbecilidade campeia em grau assustador. O pecado torna-se atraente pela cobertura de luz de que Satanás o reveste, e ele se compraz quando pode manter o mundo cristão em seus hábitos diários, sob a tirania do costume, como os pagãos, permitindo que o apetite os governe. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 237. Guardando a cidadela MCP1 73 4 Todos devem sentir a necessidade de manter a natureza moral estimulada por constante vigilância. Quais fiéis sentinelas, devem eles guardar a cidadela da alma, sem jamais achar que podem relaxar sua vigilância por um momento sequer. -- Special Testimonies to Physicians and Helpers, 65 (1879); Conselhos Sobre Saúde, 411. A mente educada devidamente não vacila MCP1 74 1 A mente precisa ser educada mediante testes diários, a hábitos de fidelidade, ao reconhecimento das reivindicações da justiça e do dever, acima da inclinação e do prazer. As mentes assim educadas não vacilam entre o direito e o erro, tal como o junco oscila ao vento; mas logo que se lhes apresentem questões, discernem desde logo que se acha comprometido um princípio, e instintivamente escolhem o reto, sem longo debate sobre o caso. São fiéis porque se educaram em hábitos de fidelidade e verdade. -- Testimonies for the Church 3:22 (1872). A cidadela desprotegida MCP1 74 2 Pela contemplação nos transformamos. Conquanto formado segundo a imagem de seu Criador, o homem pode educar a mente de forma que aquilo que aborrecia, agora lhe é agradável. Deixando de vigiar e orar, ele deixa de guardar a cidadela, o coração, e se entrega à prática do pecado e do crime. A mente se avilta, e é impossível erguê-la da corrupção enquanto está sendo educada a escravizar as faculdades morais e intelectuais, levando-as à sujeição a crassas paixões. Tem de se manter constante guerra contra a mente carnal; e temos de ser ajudados pela enobrecedora influência da graça de Deus, que atrairá a mente para cima, habilitando-a a meditar sobre coisas puras e santas. -- Testimonies for the Church 2:479 (1870). Origem das fontes da vida ou morte MCP1 74 3 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra." Colossences 3:2. O coração é a cidadela do homem. Dele procedem as saídas da vida ou morte. Até que o coração esteja purificado, a pessoa está inapta para ter qualquer parte na comunhão dos santos. Porventura o Perscrutador dos corações não sabe quem está se deixando ficar no pecado, sem dar atenção a sua alma? Não tem havido uma testemunha das coisas mais secretas da vida de todos? MCP1 74 4 Fui forçada a ouvir as palavras proferidas por alguns homens a senhoras e meninas -- palavras de lisonja, palavras que enganavam e envaideciam. Satanás usa todos esses recursos para destruir almas. Alguns de vós podem deste modo ter sido agentes seus; se assim é, tereis de defrontar esses fatos no juízo. Dessa classe disse o anjo: "Seu coração jamais foi dado a Deus. Cristo não está neles. A verdade não está. Seu lugar acha-se ocupado pelo pecado, engano e falsidade. Não crêem na Palavra de Deus nem procedem segundo ela." -- Testimonies for the Church 5:536, 537 (1889). Bem-estar, condescendência própria, segurança -- Traidores junto dos muros MCP1 75 1 Foi quando os israelitas se achavam em uma condição de comodidade e segurança exterior que foram levados ao pecado. Deixaram de conservar a Deus sempre diante de si, negligenciaram a oração, e acariciaram um espírito de confiança em si próprios. A comodidade e condescendência consigo mesmos, deixaram desguarnecida a cidadela da alma, dando entrada a pensamentos aviltantes. Foram os traidores dentro dos muros que subverteram as fortalezas do princípio e traíram Israel ao poder de Satanás. MCP1 75 2 É assim que Satanás ainda procura conseguir a ruína da alma. Uma longa operação preparatória desconhecida ao mundo, tem lugar no coração, antes que o cristão cometa francamente o pecado. A alma não desce de pronto da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Leva tempo para que se degradem aqueles que foram formados à imagem de Deus, ao estado brutal e satânico. Pelo contemplar nos transformamos. Alimentando pensamentos impuros, o homem pode de tal maneira conduzir sua mente que o pecado que uma vez lhe repugnava tornar-se-lhe-á agradável. -- Patriarcas e Profetas, 459 (1890). O fumo entorpece as sensibilidades MCP1 75 3 O fumo, qualquer a forma em que seja usado, afeta a constituição. E um veneno lento. Afeta o cérebro e entorpece as sensibilidades, de modo que a mente não pode discernir claramente as coisas espirituais, especialmente as verdades que teriam a tendência de corrigir essa imunda condescendência. MCP1 75 4 Os que usam o fumo sob qualquer forma não estão limpos perante Deus. Com tão imundo hábito é-lhes impossível glorificar a Deus no corpo e no espírito, que Lhe pertencem. E enquanto eles se servem de tóxicos de efeito lento mas seguro, que lhes estão arruinando a saúde e aviltando as faculdades da mente, Deus não os pode aprovar. Ele lhes pode ser misericordioso enquanto eles contemporizam com esse pernicioso hábito, ignorando o mal que lhes está fazendo; mas quando a questão lhes é apresentada em sua verdadeira luz, são então culpados diante de Deus se continuarem a condescender com essa grosseira paixão. -- Spiritual Gifts 4:126 (1864). Escravos do álcool e das drogas MCP1 76 1 Por todo lado, busca Satanás seduzir os jovens para a vereda da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés para esse caminho, incita-os avante em sua carreira descendente, levando-os de uma a outra dissipação, até que suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus. Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituados ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do ópio, e vão de um a outro estágio de aviltamento. São escravos do apetite. O conselho que uma vez respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude jactanciosa, e gabam-se de liberdade quando se acham servos da corrupção. Têm por liberdade o serem escravos do apetite e da licenciosidade egoístas e baixos. -- The Signs of the Times, 22 de Junho de 1891; Temperança, 274. Armas de Satanás MCP1 76 2 A condescendência com as concupiscências da carne guerreia contra a alma. O apóstolo dirige-se aos cristãos, de maneira muito impressiva: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus." Romanos 12:1. Se o corpo se torna saturado de bebidas alcoólicas e a contaminação do fumo, ele não é santo nem aceitável a Deus. Satanás sabe que não pode ser, e por esta razão pressiona os homens com suas tentações para o apetite, a fim de poder levá-los ao cativeiro desta propensão, causando assim a sua ruína. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874. Fator decisivo da paixão e do apetite MCP1 76 3 Se homens e mulheres de inteligência ficam com as faculdades morais obscurecidas em virtude da intemperança de qualquer espécie, estão, em muitos de seus hábitos, pouco acima dos pagãos. Satanás está continuamente atraindo o povo, da luz salvadora ao costume e à moda, sem consideração para com a saúde física, mental e moral. O grande inimigo sabe que, se o apetite e a paixão dominam, a saúde do corpo e o vigor do intelecto são sacrificados no altar da satisfação do próprio eu, e o homem é prontamente levado à ruína. Se a esclarecida inteligência mantém as rédeas, governando as propensões da parte animal, mantendo-as em sujeição às faculdades morais, Satanás bem sabe ser bem fraco seu poder de derrotar com tentações. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 237. O que poderia ter sido MCP1 77 1 Houvessem os pais nas gerações passadas, com firmeza de propósito, conservado o corpo em sujeição à mente, e não permitissem que o intelecto fosse escravizado pelas paixões animais, haveria nesta geração diversa ordem de seres na Terra. -- Healthful Living (Parte 2), 38 (1865); Mensagens Escolhidas 2:431, 432. Escolher entre o controle do espírito e do corpo MCP1 77 2 Todo estudante precisa compreender a relação entre a maneira simples de viver e a norma elevada no pensar. Depende de nós individualmente decidir se nossa vida será dirigida pelo espírito ou pelo corpo. Deve o jovem, por si mesmo, fazer a escolha que moldará a sua vida; e não se devem poupar esforços para levá-lo a compreender as forças com que tem de tratar, e as influências que moldam o caráter e o destino. -- Educação, 202 (1903). Ensinai o povo MCP1 77 3 Apresentai ao povo a necessidade de resistir à tentação de condescender com o apetite. Nisto é onde muitos estão falhando. Explicai quão intimamente relacionados estão o corpo e o espírito e mostrai a necessidade de manter a ambos no melhor estado. -- Carta circular a Médicos e Evangelistas, 1910; Conselhos Sobre Saúde, 543. ------------------------Capítulo 10 -- Conhecimento Obra que requer discernimento e discriminação MCP1 78 1 Tratar com mentes humanas é a obra mais bela e ao mesmo tempo a mais difícil, dada a mortais. Os que se empenham nesta obra devem ter claro discernimento e boa faculdade de discriminação. MCP1 78 2 A verdadeira independência mental é um elemento inteiramente diverso da precipitação. Essa qualidade de independência que leva a uma opinião cautelosa, devota e deliberada, não deve ser abandonada facilmente, pelo menos não antes que a evidência seja suficientemente forte para nos dar a certeza de que estamos em erro. Esta independência manterá o espírito calmo e estável, entre os inúmeros erros que prevalecem, e levará aos que ocupam posição de responsabilidade a considerar cuidadosamente a evidência, sob todos os ângulos, sem ser arrastados por influência de outros, ou pelo ambiente, a firmar conclusões sem a devida compreensão e completo conhecimento de todas as circunstâncias. -- Testimonies for the Church 3:104, 105 (1872). Tarefa exigente MCP1 78 3 Visto como o homem custou tanto ao Céu, isto é, o preço do amado Filho de Deus, quão cuidadosos devem os pastores, professores e pais ser no trato das almas que foram levadas sob sua influência! É uma bela obra, tratar com mentes, e deve-se cumpri-la com temor e tremor. MCP1 79 1 Os educadores da juventude devem manter perfeito domínio próprio. Destruir a influência de alguém sobre uma alma humana, pela impaciência ou para manter indevida dignidade e supremacia, é um terrível erro, pois pode ser o meio de perder para Cristo essa alma. As mentes juvenis podem tornar-se tão deformadas por uma orientação imprudente, que o dano causado pode nunca mais ser vencido completamente. A religião de Cristo deve ter uma influência controladora sobre a educação e preparo dos jovens. MCP1 79 2 O exemplo do Salvador, de abnegação, bondade universal e longânimo amor, é uma repreensão aos pastores e professores impacientes. Ele pergunta a esses instrutores impetuosos: "É esta a maneira em que tratais as almas pelas quais dei Minha vida? Não tendes em maior estima o infinito preço que paguei por sua redenção?" -- Testimonies for the Church 4:419 (1880). O médico encontra todas as espécies de mentes MCP1 79 3 O Dr. _____ deve procurar aumentar diariamente sua bagagem de conhecimentos, e cultivar a cortesia e apuro de maneiras. ... Deve ele ter em mente que se associa com todas as espécies de mentes e que as impressões que ele dá se estenderão a outros Estados e refletirão sobre o Instituto [Sanatório de Battle Creek]. -- Testimonies for the Church 3:183, 184 (1872). São necessárias paciência e sabedoria MCP1 79 4 Os pastores devem ser cuidadosos em não esperar demais daqueles que ainda andam às apalpadelas nas trevas do erro. Devem fazer bem o seu trabalho, confiando em que Deus comunicará às mentes indagadoras a misteriosa, vivificante influência de Seu Espírito Santo, sabendo que sem isso os seus labores não terão êxito. Devem ser pacientes e prudentes ao tratar com mentes humanas, lembrados de quão variadas são as circunstâncias que produziram tão diversificados traços individuais. Devem também guardar-se a si mesmos estritamente, para que o próprio eu não alcance a supremacia, e Jesus seja deixado fora da questão. -- Obreiros Evangélicos, 381 (1915). O amor de Cristo abre o caminho MCP1 79 5 Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Podeis erguer-vos inflexivelmente, pensando: "Sou mais santo do que tu", e não importa quão correto seja o vosso raciocínio ou quão verdadeiras as vossas palavras; elas jamais tocarão corações. O amor de Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria. -- A Ciência do Bom Viver, 163 (1905). Com compaixão e amor MCP1 80 1 Nem todos têm aptidão para corrigir os erradios. Não têm bastante sabedoria para lidar com justiça, e ao mesmo tempo amar a misericórdia. Não se inclinam a ver a necessidade de misturar amor e terna compaixão com a fiel repreensão. Alguns são sempre desnecessariamente severos e não sentem a necessidade da ordem do apóstolo: "E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida -- salvai-os, arrebatando-os do fogo." Judas 22, 23. -- Testimonies for the Church 3:269, 270 (1873). O homem impetuoso não deve tratar com mentes humanas MCP1 80 2 A falta de uma fé firme e de discernimento nas coisas sagradas deve ser considerada suficiente para excluir qualquer homem de ligação com a obra de Deus. Assim também a condescendência com um temperamento voluntarioso, um espírito áspero e despótico, revela que seu possuidor não deve ser colocado onde seja levado a decidir questões de peso que afetam a herança de Deus. MCP1 80 3 Um homem impetuoso nenhuma parte deve desempenhar no trato com a mente humana. Não se lhe deve confiar o ajuste de questões que se relacionam com aqueles que Cristo comprou por um preço infinito. Se se puser a manejar homens, ferir-lhes-á e magoará a alma; pois não têm o fino tato, a delicada sensibilidade comunicada pela graça de Cristo. Seu próprio coração precisa ser abrandado, subjugado pelo Espírito de Deus. O coração de pedra não se tornou um coração de carne. -- Special Testimonies, Série A, 5:18 (1896); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 261. Qualidades necessárias à compreensão de mentes humanas (conselho a um colportor) MCP1 80 4 Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos de comércio; mas as lições aprendidas, o tato e a disciplina adquiridos vos habilitarão para outros campos de utilidade, onde podereis ajudar as pessoas. Os que aprendem mal sua lição, e são descuidosos e bruscos ao aproximar-se das pessoas, mostrariam a mesma falta de tato e habilidade em tratar com as mentes, se ingressassem no ministério. -- Manual for Canvassers, 41, 42 (1902). Como lidar com o impulso, impaciência, orgulho e presunção MCP1 81 1 O lidar com a mente humana é a mais delicada tarefa que já se haja confiado a mortais, e os mestres necessitam constantemente do auxílio do Espírito de Deus, a fim de executarem devidamente sua obra. Entre os jovens que freqüentam a escola, encontrar-se-á grande variedade de caracteres e educação. O professor terá de enfrentar impulso, impaciência, orgulho, egoísmo, indevida presunção. Alguns dos moços viveram em ambiente de restrição e aspereza arbitrárias, o que lhes desenvolveu o espírito de obstinação e desconfiança. Outros foram amimados, sendo-lhes permitido, por pais excessivamente amantes, que seguissem as próprias inclinações. Têm-se desculpado os defeitos até que o caráter ficou deformado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 264 (1913), [no inglês]. São necessários paciência, tato e sabedoria MCP1 81 2 Para lidar com êxito com essas diferentes mentalidades, o professor necessita exercer grande tato e delicadeza na direção, ao mesmo tempo que firmeza no governo. Manifestar-se-ão muitas vezes desgosto e mesmo desdém para com os devidos regulamentos. Alguns porão em campo sua habilidade para esquivar-se aos castigos, enquanto outros exibirão indiferença e pouco caso para com as conseqüências da transgressão. Tudo isto exigirá paciência e domínio e sabedoria por parte daqueles a quem foi confiada a educação dos jovens. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 264 (1913), [no inglês]. Procedimento que pode deixar irreparáveis cicatrizes e feridas MCP1 81 3 Talvez o professor tenha suficiente educação e conhecimentos nas ciências para ensinar. Verificou-se, porém, possuir ele tato e sabedoria para lidar com mentes humanas? Se os instrutores não têm o amor de Cristo no coração, não estão habilitados a assumir as sérias responsabilidades que impendem sobre os que educam a juventude. Carecendo eles próprios da mais elevada educação, ignoram como lidar com a mente humana. Seu próprio coração insubordinado luta pelo controle; e sujeitar a mente e o caráter plástico das crianças e tal disciplina é deixar nessa mente cicatrizes e ferimentos que permanecerão indeléveis. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 193 (1913), [no inglês]. Exige-se a mais delicada discriminação MCP1 82 1 O Senhor me apresentou, de muitas maneiras e em várias ocasiões, quão cuidadosamente devemos tratar com os jovens -- que tratar com mentes requer o mais fino discernimento. Todo aquele que tem que ver com a educação e preparo dos jovens, precisa viver muito perto do Grande Mestre, para ser contagiado por Seu espírito e maneira de trabalhar. Devem-se ministrar lições que afetem seu caráter e trabalho vitalício. -- Obreiros Evangélicos, 333 (1915). Essencial o elemento pessoal MCP1 82 2 Em todo verdadeiro ensino o elemento pessoal é essencial. Cristo, em Seu ensino, tratava com os homens pessoalmente. Foi pelo trato e convívio pessoal que Ele preparou os doze. Era em particular, e muitas vezes a um único ouvinte, que dava Suas preciosas instruções. Ao honrado rabi, na conferência noturna no Monte das Oliveiras, à desprezada mulher junto ao poço de Sicar, abriu Ele Seus mais ricos tesouros; pois descobriu nesses ouvintes o coração apto a ser impressionado, a mente aberta, o espírito pronto para receber. Mesmo a multidão que tantas vezes Lhe dificultava os passos não era para Cristo uma indistinta massa de seres humanos. Falava diretamente a cada espírito e apelava para cada coração. Observava a fisionomia dos ouvintes, notava-lhes a iluminação do semblante, o instantâneo e respondente olhar que dizia haver a verdade atingido a alma; e, então, vibrava-Lhe no coração uma corda correspondente, de jubilosa simpatia. -- Educação, 231, 232 (1903). Excesso de trabalho desqualifica para lidar com os outros MCP1 82 3 Os próprios professores devem dar a devida atenção às leis da saúde, a fim de que possam conservar suas energias na melhor condição possível, e pelo exemplo, assim como por preceito, exercerem correta influência sobre seus alunos. O professor cujas forças físicas já estejam enfraquecidas pela enfermidade ou excesso de trabalho, deve dar atenção especial às leis da vida. Deve tomar tempo para a recreação. Não deve tomar sobre si responsabilidades além de seu trabalho escolar, que o sobrecarreguem por tal maneira física ou mentalmente, que seu sistema nervoso fique desequilibrado; pois neste caso ele ficará incapaz de tratar com as mentes e não poderá fazer justiça a si próprio nem a seus alunos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 83 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 147. Compreender diferentes necessidades MCP1 83 1 Foi-me mostrado que os médicos de nosso Instituto devem ser homens e mulheres de fé e espiritualidade. Devem pôr em Deus sua confiança. Dos que vêm ao Instituto, muitos há que por sua própria condescendência pecaminosa trouxeram sobre si doenças de quase todas as espécies. MCP1 83 2 Essa classe não merece as atenções que freqüentemente requerem. E é penoso para os médicos dedicar tempo e forças a essa classe aviltada física, mental e moralmente. MCP1 83 3 Existe, porém, uma classe de pessoas que, por ignorância, viveram violando as leis da Natureza. Trabalharam com intemperança e comeram com intemperança porque estavam acostumados a assim fazer. Alguns sofreram muitos maus tratos de muitos médicos, sem haver tido melhora, ao contrário, pioraram muito. Afinal são afastados das atividades, da sociedade e da família; e como último recurso vão ao Instituto de Saúde, com débil esperança de encontrar alívio. MCP1 83 4 Essa classe precisa de compaixão. Devem ser tratados com a maior ternura, cuidando-se de tornar claras ao seu entendimento as leis de seu ser -- que eles podem, deixando de violá-las e dominando-se, evitar sofrimentos e enfermidades -- a penalidade da violação da lei da Natureza. -- Testimonies for the Church 3:178 (1872). Não dizer a verdade em todas as ocasiões MCP1 84 1 Poucos, apenas, dos que fizeram sociedade com o mundo, e que olham às coisas por um ângulo mundano, estão preparados para ouvir uma apresentação de fatos a seu respeito. A verdade, tal qual, nem sempre deve ser dita. Há uma ocasião adequada e oportuna para falar, quando as palavras não ofendem. Os médicos não devem sobrecarregar-se de trabalhos, deixando prostrado seu sistema nervoso, pois esse estado físico não favorece um espírito calmo, nervos estáveis e disposição animosa, feliz. -- Testimonies for the Church 3:182 (1872). Cristo compreende MCP1 84 2 Aquele que tomou sobre Si a humanidade, sabe compadecer-Se dos sofrimentos dela. Cristo não só conhece cada alma, suas necessidades e provações particulares, mas também sabe todas as circunstâncias que atritam e desconcertam o espírito. Sua mão se estende em piedosa ternura a todo filho em sofrimento. Os que mais sofrem, mais simpatia e piedade dEle recebem. Comove-se com o sentimento de nossas enfermidades, e deseja que Lhe lancemos aos pés as perplexidades e aflições, deixando-as ali. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). A compreensão traz mais íntimo relacionamento com Cristo MCP1 84 3 Boas obras são o fruto que Cristo requer que produzamos: palavras bondosas; atos de beneficência; de terna consideração para com os pobres, os necessitados, os enfermos. Quando corações se compadecem de corações carregados de desânimo e tristeza, quando a mão se abre ao necessitado, quando os nus são vestidos, o estranho acolhido a um assento na sala e um lugar em vosso coração, os anjos vêm para muito perto, e um acorde responde no Céu. MCP1 84 4 Todo ato de justiça, misericórdia e benevolência produz melodia no Céu. O Pai, em Seu trono, contempla os autores desses atos de misericórdia e os classifica entre os Seus mais preciosos tesouros. "Eles serão para Mim particular tesouro naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias 3:17. Todo ato de misericórdia aos necessitados, os sofredores, é tido como feito a Jesus. Quando socorreis o pobre, vos compadeceis do enfermo e oprimido, e amparais o órfão, vós vos pondes em mais íntimo relacionamento com Jesus. -- Testimonies for the Church 2:25 (1868). Cristo pede ternura e compaixão MCP1 85 1 A verdadeira compaixão entre o homem e seus semelhantes, deve ser o sinal que distingue os que amam e temem a Deus, dos que são indiferentes quanto a Sua lei. Quão grande foi a compaixão que Cristo expressou, ao vir a este mundo para dar a vida em sacrifício de um mundo moribundo! Sua religião levava à prática de genuíno trabalho médico missionário. Era Ele um poder restaurador. "Misericórdia quero, e não sacrifícios", disse Ele. Este é o teste que o Grande Autor da verdade usava para distinguir a verdadeira religião, da falsa. Deus quer que Seus médicos missionários procedam com a ternura e compaixão que Cristo mostraria se estivesse em nosso mundo. -- Special Testimonies Relating to Medical Missionary Work, 8 (1893); Medicina e Salvação, 251. Soma da vida feliz MCP1 85 2 O intelecto cultivado é grande tesouro; sem, porém, a suavizante influência da compaixão e do amor santificado, não é ele de grande valor. Devemos ter palavras e atos de terna consideração para com os outros. Podemos manifestar mil e uma pequenas atenções em palavras amigas, e olhares aprazíveis, que voltarão de novo para nós. Cristãos irrefletidos, por sua negligência para com outros, manifestam não estar em união com Cristo. É impossível estar unido a Cristo e todavia ser desamorável para com outros, e esquecido de seus direitos. Muitos há que anseiam intensamente por amorosa compaixão. MCP1 85 3 Deus deu a cada um de nós uma identidade particular, nossa própria, que não se pode dissolver na de outro; mas nossas características individuais serão muito menos preeminentes se na verdade pertencemos a Cristo e Sua vontade for a nossa. Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Devemos esquecer-nos a nós mesmos, sempre à espreita de oportunidades -- mesmo em coisas pequeninas -- para mostrar gratidão pelos favores recebidos de outros, e estar atentos para observar oportunidades para animar outros, confortando-os em suas tristezas e aliviando-lhes as cargas por mostras de terna bondade e pequenos atos de amor. Essas atenciosas cortesias que, iniciando-se em nossa família, estendem-se até fora do círculo familiar, ajudam a perfazer a soma da vida feliz; e a negligência desses pequeninos atos perfaz a soma das tristezas e amarguras da vida. -- Testimonies for the Church 3:539, 540 (1875). ------------------------Capítulo 11 -- O estudo bíblico e a mente Base de todo estudo MCP1 89 1 A Palavra de Deus deve ser a base de todo estudo, e as palavras da revelação, atentamente estudadas, falam ao intelecto e ao coração, fortalecendo-os. A cultura do intelecto é necessária, para podermos compreender a revelação da vontade de Deus a nós. Não pode ser negligenciada pelos que são obedientes a Seu mandamento. Deus não nos concedeu as faculdades da mente para que as dedicássemos a atividades desprezíveis e frívolas. -- Manuscrito 16, 1896. Firmeza de princípios MCP1 89 2 Recebidas, as verdades bíblicas erguerão a mente e a alma. Se a Palavra de Deus fosse apreciada como deveria ser, tanto os jovens como os velhos possuiriam uma retidão interior, uma firmeza de princípios que os habilitariam a resistir à tentação. -- A Ciência do Bom Viver, 459 (1905). O único verdadeiro guia MCP1 89 3 O familiarizar-nos com as Escrituras aguça as faculdades de discernimento e fortalece a alma contra os ataques de Satanás. A Bíblia é a espada do Espírito, que nunca deixará de vencer o adversário. É o único guia verdadeiro em todos os assuntos de fé e prática. O motivo por que Satanás tem tão grande domínio sobre a mente e o coração dos homens, é não haverem eles tornado a Palavra de Deus o homem de seu conselho, e todos os seus caminhos não foram provados pela verdadeira prova. A Bíblia nos mostrará a direção que devemos seguir para tornar-nos herdeiros da glória. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881; Nossa Alta Vocação, 29. Definida a educação superior MCP1 90 1 Não há mais elevada educação a adquirir, do que a que foi ministrada aos primeiros discípulos, e que nos é revelada mediante a Palavra de Deus. Obter a mais alta educação, é seguir implicitamente essa Palavra; isto significa andar nas pegadas de Cristo, exercer Suas virtudes. Importa em renunciar ao egoísmo, em consagrar a vida ao serviço de Deus. MCP1 90 2 A mais elevada educação requer algo maior, mais divino, do que o conhecimento que se obtém meramente dos livros. Ela significa um conhecimento individual, experimental de Cristo; quer dizer emancipação de idéias, hábitos e práticas adquiridos na escola do príncipe das trevas, e que se opõem à lealdade para com Deus. Quer dizer subjugar a obstinação, o orgulho, o egoísmo, as ambições mundanas, a incredulidade. É a mensagem da libertação do pecado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 11, 12 (1913). Inspira a mente MCP1 90 3 Na Palavra de Deus encontra a mente assunto para o mais profundo pensamento, para as mais altas aspirações. Ali podemos entreter comunhão com patriarcas e profetas, e ouvir a voz do Eterno ao falar com os homens. Ali vemos a Majestade dos Céus, humilhando-Se, para tornar-Se nosso substituto e penhor; para, de mãos inermes, competir com os poderes das trevas e alcançar a vitória em nosso favor. Uma contemplação reverente de assuntos como este não pode deixar de abrandar, purificar e enobrecer o coração, e ao mesmo tempo infundir no espírito nova força e vigor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 52, 53 (1913), [no inglês]. Revela o propósito da vida MCP1 90 4 Mas o que sobre todas as demais considerações deve levar-nos a apreciar a Bíblia, é que nela está revelada aos homens a vontade de Deus. Ali aprendemos o objetivo de nossa criação e os meios pelos quais esse objetivo pode ser atingido. Aprendemos a melhorar sabiamente a presente vida, e a conseguir a futura. Nenhum outro livro pode satisfazer às indagações do espírito, ou aos anelos do coração. Obtendo conhecimento da Palavra de Deus, e a ela dando atenção, podem os homens levantar-se das maiores profundezas da degradação, para se tornarem filhos de Deus, companheiros dos anjos imaculados. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 53, 54 (1913), [no inglês]. Parábolas que impressionam e despertam a mente MCP1 91 1 Deus deseja que nossa mente seja impressionada, despertada e instruída por Suas sagradas parábolas. Ele queria que a Natureza frustrasse as tentativas feitas para divorciar a ciência, da cristandade seguidora da Bíblia. Deseja Ele que as coisas da Natureza que agradam aos nossos sentidos mantenham a atenção e imprimam na mente verdades bíblicas. -- The Youth's Instructor, 6 de Maio de 1897. A Bíblia sem rival MCP1 91 2 Como poderoso meio de educação, a Bíblia não tem rival. Coisa alguma comunicará tanto vigor a todas as faculdades, como quererem os estudantes apanhar as estupendas verdades da revelação. A mente gradualmente se adapta aos assuntos sobre os quais se lhe permite demorar. Se só se ocupa com assuntos comuns, com exclusão de temas grandes e altíssimos, tornar-se-á apoucada e enfraquecida. Se nunca for solicitada a lidar com problemas difíceis ou obrigada a compreender verdades importantes, depois de algum tempo ela quase perderá o poder de crescimento. -- Testimonies for the Church 5:24 (1882). Aceitai-a com fé simples MCP1 91 3 Deus deseja que o homem exercite suas faculdades de raciocínio, e o estudo da Bíblia fortalecerá e enobrecerá a mente como nenhum outro estudo o pode fazer. É o melhor exercício mental bem como espiritual para a mente humana. Devemos, entretanto, cuidar para não endeusar a razão, que é sujeita às fraquezas e enfermidades dos homens. MCP1 91 4 Se não quisermos que as Escrituras fiquem obscurecidas ao nosso entendimento, de modo que mesmo as claras verdades não sejam compreendidas, temos de ter a simplicidade e a fé possuídas por uma criança, prontos a aprender e rogando o auxílio do Espírito Santo. O senso do poder e sabedoria de Deus e de nossa inaptidão para compreender Sua grandeza, deve inspirar-nos humildade, e devemos abrir Sua Palavra, como se fôssemos a Sua presença, com santo e reverente temor. Quando nos aproximamos da Bíblia, a razão tem de reconhecer uma autoridade superior a si, e coração e intelecto têm de curvar-se ante o grande EU SOU. -- Testimonies for the Church 5:703, 704 (1889). Não estudar coisa nenhuma que obscureça a palavra de Deus MCP1 92 1 Jesus Cristo é nossa pedra de toque espiritual. Ele revela o Pai. Coisa alguma deve ser dada como alimento ao cérebro, que traga à mente uma névoa ou nuvem em relação à Palavra de Deus. Nenhuma descuidosa desatenção deve ser mostrada em relação ao cultivo do solo do coração. A mente tem de estar preparada a apreciar a obra e as palavras de Cristo, pois Ele veio do Céu para despertar o desejo pelo pão da Vida, e para dá-lo a todos os que têm fome de conhecimento espiritual. -- Manuscrito 15, 1898. A escritura reconhece o livre-arbítrio do homem MCP1 92 2 Quando examinamos a Palavra de Deus, anjos estão ao nosso lado, fazendo incidir brilhantes raios de luz sobre suas páginas sagradas. As Escrituras falam ao homem como tendo ele poder de escolha entre o certo e o errado; falam-lhe em advertências, em repreensão, em súplica, em animação. A mente tem de exercitar-se nas solenes verdades da Palavra de Deus, ou do contrário se enfraquecerá. ... Temos de examinar por nós mesmos e saber as razões de nossa fé, comparando passagem com passagem. Tomai a Bíblia, e de joelhos suplicai a Deus que vos ilumine a mente. -- The Review and Herald, 5 de Março de 1884. A mente encontra o mais nobre desenvolvimento MCP1 92 3 Se a Bíblia fosse estudada como deve ser, os homens se tornariam fortes no intelecto. Os assuntos tratados na Palavra de Deus, a digna simplicidade de suas expressões, os nobres temas que apresenta ao espírito, desenvolvem no homem faculdades que não se poderiam desenvolver de outro modo. Na Bíblia abre-se à imaginação um campo ilimitado. O estudante sairá da contemplação de seus grandiosos temas, da associação com suas altíssimas imagens, mais puro e nobre no pensamento e nos sentimentos, do que se tivesse passado o tempo na leitura de qualquer obra de mera origem humana, a não falar nas de caráter frívolo. MCP1 93 1 As mentes jovens deixam de alcançar seu mais nobre desenvolvimento quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria -- a Palavra de Deus. A razão de termos tão poucos homens de alevantado pensamento, de estabilidade e sólido valor, está em que Deus não é temido. Deus não é amado, os princípios da religião não são postos em prática como deveriam ser. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 126 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 165. Buscai os seus tesouros escondidos MCP1 93 2 A Bíblia, tal qual nela se lê, deve ser nosso guia. Coisa alguma é tão adequada a ampliar a mente e fortalecer o intelecto, como o estudo da Bíblia. Nenhum outro estudo assim elevará a alma e dará vigor às faculdades como o estudo dos vivos oráculos. A mente de milhares de ministros do Evangelho é apoucada porque se lhes permite demorar em coisas vulgares, e não se exercitam em buscar os tesouros escondidos da Palavra de Deus. Ao ser a mente levada a estudar a Palavra de Deus, o entendimento se ampliará e as faculdades superiores se desenvolverão, para compreenderem a alta e enobrecedora verdade. MCP1 93 3 É de acordo com a espécie de assunto com que a mente se familiariza, que ela é, ou apoucada ou ampliada. Se a mente não se ergue para fazer vigorosos e persistentes esforços no empenho de compreender a verdade, comparando passagem com passagem, ela por certo se contrairá e perderá seu tono. Devemos lançar nossa mente à tarefa de perscrutar as verdades que não ficam diretamente na superfície. -- The Review and Herald, 28 de Setembro de 1897. A Bíblia dirige a vida em rumo certo MCP1 93 4 A Bíblia toda é uma revelação da glória de Deus em Cristo. Recebida, crida e obedecida, ela é o grande instrumento na transformação do caráter. É o grande estímulo, a constrangedora força, que vivifica as faculdades físicas, mentais e espirituais, dando à existência a devida orientação. MCP1 94 1 O motivo por que os moços, e mesmo os de idade madura, são tão facilmente induzidos à tentação e ao pecado, é não estudarem a Palavra de Deus, nem meditarem nela como devem. A falta de firme e decidida força de vontade que se manifesta na vida e no caráter, é resultante de negligência das sagradas instruções da Palavra de Deus. Eles não dirigem, mediante diligente esforço, a mente àquilo que lhes inspiraria pensamentos puros, santos, desviando-a do que é impuro e falso. -- A Ciência do Bom Viver, 458 (1905). Revela as normas de santo viver MCP1 94 2 O Senhor, em Sua grande misericórdia, revelou-nos, nas Escrituras, Suas normas de um viver santo -- Seus mandamentos e Suas leis. Neles nos refere os pecados a evitar; explica-nos o plano da salvação e aponta o caminho para o Céu. Se obedecer a Sua injunção de "examinar as Escrituras", ninguém precisa ignorar essas coisas. MCP1 94 3 O real progresso da alma na virtude e no conhecimento divino, verifica-se segundo o plano da soma -- somando constantemente as graças, que para serem postas ao alcance de todos, Cristo fez um sacrifício infinito. Somos finitos, mas devemos ter uma intuição do infinito. MCP1 94 4 A mente tem de ser forçada, contemplando a Deus e Seu maravilhoso plano da salvação. A alma será assim erguida acima das coisas vulgares e ligada às coisas eternas. MCP1 94 5 O pensamento de que estamos no mundo de Deus, e na presença do grande Criador do Universo, que fez o homem a Sua própria imagem, exalçará a mente para campos de meditação mais amplos e elevados do que qualquer história fictícia. O pensamento de que os olhos de Deus nos estão observando, que Ele nos ama e cuidou tanto do homem caído que deu Seu muito amado Filho para nos remir, a fim de que não perecêssemos miseravelmente -- esse pensamento é grandioso, e quem quer que abra o coração para aceitar e contemplar esses grandes temas, jamais ficará satisfeito com assuntos ordinários, sensacionais. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886. Novo coração quer dizer mente nova MCP1 95 1 As palavras: "Dar-vos-ei coração novo", significam: "Dar-vos-ei mente nova." Essa mudança de coração sempre é acompanhada de um claro conceito do que seja dever cristão -- uma compreensão da verdade. A clareza de nossa intuição da verdade será proporcional a nossa compreensão da Palavra de Deus. Aquele que der às Escrituras uma atenção íntima, acompanhada de oração, alcançará uma compreensão clara e são juízo, como se, volvendo-se para Deus, tivesse alcançado um mais alto grau de inteligência. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Não uma leitura casual MCP1 95 2 Não é seguro para nós desviar-nos das Santas Escrituras, lendo apenas casualmente suas páginas sagradas. ... Subordinai a mente à elevada tarefa que lhe foi posta adiante, e estudai com decidido interesse, a fim de poderdes compreender a verdade divina. Os que assim fazem, surpreender-se-ão ao verificar a que ponto pode chegar a mente. -- The Youth's Instructor, 29 de Junho de 1893; Nossa Alta Vocação, 33. O treino da memória ajuda a mente MCP1 95 3 A mente tem de ser restringida, e não permitida a vaguear. Deve ser treinada a conviver com as Escrituras e com temas nobres, edificantes. Porções das Escrituras, mesmo capítulos inteiros, podem ser confiados à memória para ser repetidos quando Satanás se apresenta com suas tentações. O capítulo cinqüenta e oito de Isaías é proveitoso para esse propósito. Emparede-se a alma com as restrições e instruções dadas por inspiração do Espírito de Deus. MCP1 95 4 Quando Satanás quer levar a mente a demorar-se em assuntos terrenos e sensuais, mais eficazmente se lhe pode resistir com "está escrito". ... Quando ele sugere dúvidas sobre sermos ou não realmente o povo que está sendo guiado por Deus, que por testes e provas está Ele preparando para resistir no grande dia -- então estai preparados para enfrentar suas insinuações apresentando, da Palavra de Deus, a clara evidência de que este é o povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1884. O estudo da Bíblia produz mentes bem equilibradas MCP1 95 5 Os que se acham sob a direção do Espírito Santo serão capazes de ensinar a Palavra inteligentemente. E se ela for feita compêndio de estudos, com fervorosa súplica pela guia do Espírito e uma plena entrega do coração, a fim de que seja santificado pela verdade, tudo que Cristo prometeu se cumprirá. MCP1 96 1 O resultado de semelhante estudo da Bíblia será uma mente bem equilibrada; pois se desenvolverão harmoniosamente as faculdades físicas, mentais e morais. Não haverá paralisação no conhecimento espiritual. Avivar-se-á a compreensão, serão despertadas as sensibilidades, a consciência se tornará sensível, as simpatias e os sentimentos serão purificados, criar-se-á um melhor ambiente moral e se comunicará um novo poder para resistir à tentação. -- Special Testimonies on Education, 12 de Junho de 1896, p. 27; Fundamentos da Educação Cristã, 433, 434. Antídoto para insinuações venenosas MCP1 96 2 Quando a mente está provida da verdade bíblica, seus princípios lançam profundas raízes na alma, e a preferência e os gostos esposam a verdade, e não há desejo de literatura corruptora e excitante, que enfraquece a força moral e arruína as faculdades que Deus concedeu para utilidade. O conhecimento bíblico demonstrar-se-á um antídoto para as venenosas insinuações recebidas de uma leitura descuidosa. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886; Nossa Alta Vocação, 202. Produtos da superstição MCP1 96 3 Se os ensinamentos dessa Palavra se tornassem a influência controladora em nossa vida, se mente e coração fossem postos sob seu poder refreador, os males que agora existem em igrejas e famílias não teriam lugar. ... Os ensinamentos da Palavra de Deus devem controlar mente e coração, para que a vida doméstica possa demonstrar o poder da graça de Deus. ... MCP1 96 4 Sem a Bíblia ficaríamos confundidos por falsas teorias. A mente se tornaria sujeita à tirania da superstição e da falsidade. Estando, porém, de posse da autêntica história do começo do mundo, não precisamos nos embaraçar com conjecturas humanas e que não merecem confiança. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Aperfeiçoa as faculdades do raciocínio MCP1 97 1 Se a mente se aplicar à tarefa de estudar a Bíblia para obter informação, ampliar-se-ão as faculdades do raciocínio. Submetida ao estudo das Escrituras, a mente se expande e torna-se mais equilibrada do que ocupando-se na obtenção de conhecimentos gerais dos livros que são usados e que não têm conexão com a Bíblia. Nenhum conhecimento é tão sólido, tão coerente e de tão vasto alcance, como o que é obtido do estudo da Palavra de Deus. É a base de todo verdadeiro conhecimento. MCP1 97 2 A Bíblia é como um manancial. Quanto mais se olha para o seu interior, tanto mais profundo parece à vista. As grandiosas verdades da história sagrada possuem estupenda força e beleza, e são tão vastas como a eternidade. Nenhuma ciência se iguala à que revela o caráter de Deus. MCP1 97 3 Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios, disse porém o seguinte: "Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida." -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1896; Fundamentos da Educação Cristã, 393. Dota de vigor as faculdades MCP1 97 4 Por que não havia de este livro -- este precioso tesouro -- ser exaltado e estimado como apreciado amigo? Esta é nossa carta através do tempestuoso mar da vida. É nosso livro-guia, mostrando-nos o caminho para as mansões eternas, e o caráter que precisamos ter para nelas habitar. Não há livro cujo manuseio assim eleve e fortaleça o espírito como a Bíblia ao ser estudada. Aí o intelecto encontrará temas do mais elevado caráter, para despertar-lhe as faculdades. Coisa alguma proporcionará vigor a todas as nossas faculdades como pô-las em contato com as estupendas verdades da revelação. O esforço para apreender e medir esses grandes pensamentos expande a mente. Podemos cavar fundo na mina da verdade e reunir preciosos tesouros com que enriquecer a alma. Aí podemos aprender a verdadeira maneira de viver, a maneira segura de morrer. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881; Nossa Alta Vocação, 29. O estudo da Bíblia desenvolve a mente MCP1 98 1 A Bíblia é nosso guia na segura vereda que leva à vida eterna. Deus inspirou homens para escrever aquilo que nos apresente a verdade, que seja atraente e que, posto em prática, habilitará o recebedor a obter uma força moral igual à das mentes mais altamente educadas. Ampliar-se-á a mente de todos os que fazem da Palavra de Deus o seu estudo. Muito mais do que qualquer outro estudo, sua influência é de molde a aumentar o poder de compreensão e dotar cada faculdade de novo poder. Leva a mente em contato com amplos, enobrecedores princípios da verdade. Traz todo o Céu em íntimo contato com espíritos humanos, comunicando sabedoria e conhecimento e entendimento. -- The Youth's Instructor, 13 de Outubro de 1898. A Bíblia, uma revelação de Jeová MCP1 98 2 Através de todos os tempos este Livro permanecerá como uma revelação de Jeová. A seres humanos foram confiados os oráculos divinos, para serem o poder de Deus. As verdades da Palavra de Deus não são expressões de mero sentimento, mas os pronunciamentos do Altíssimo. Aquele que fizer dessas verdades uma parte de sua vida, torna-se em todos os sentidos uma nova criatura. Não lhe serão concedidos novos poderes mentais, mas são removidas as trevas que, por causa da ignorância e do pecado, obscureceram o entendimento. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. ------------------------Capítulo 12 -- Diligência Esforça-te, e realiza MCP1 99 1 É o árduo estudo, a dura labuta, a perseverante diligência, que alcançam vitórias. Não desperdices horas, nem momentos. Os resultados do trabalho -- sério e fiel trabalho -- serão vistos e apreciados. Os que desejam ter mente mais forte, podem alcançá-la mediante o esforço. A mente aumenta em poder e eficiência pelo uso. Torna-se forte pelo árduo raciocinar. Aquele que usa mais diligentemente suas faculdades mentais e físicas, alcançará os maiores resultados. Toda faculdade de nosso ser fortalece-se pela ação. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1903. Alcançar a mais alta capacidade possível MCP1 99 2 O verdadeiro objetivo da educação deve ser considerado cuidadosamente. Deus confiou a cada um capacidades e faculdades, para que Lhe sejam restituídas com acréscimo e valorização. Todos os Seus dons são-nos outorgados para serem usados ao máximo. Ele requer que todos nós cultivemos nossas faculdades e atinjamos a mais alta capacidade possível para ser úteis, a fim de que realizemos um nobre trabalho para Deus e sejamos uma bênção para a humanidade. Todo talento que possuímos, quer seja capacidade mental, dinheiro ou influência, pertence a Deus, de modo que podemos dizer com Davi: "Tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos." 1 Crônicas 29:14. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 82. As finas qualidades mentais não são resultado de acidente MCP1 100 1 O verdadeiro sucesso em cada setor de trabalho não é resultado do acaso, ou acidente ou destino. É a operação da providência de Deus, a recompensa da fé e discrição, da virtude e perseverança. Finas qualidades mentais e alto tono moral não são resultado de acidente. Deus dá oportunidades; o sucesso depende do uso que delas se fizer. -- Profetas e Reis, 486 (1917). Cultura mental é o que precisamos MCP1 100 2 Cultura mental é o que, como povo, precisamos, e temos de ter para satisfazer as exigências do tempo. Pobreza, origem humilde e ambiente desfavorável não precisam impedir o cultivo da mente. As faculdades mentais têm de ser mantidas sob o controle da vontade, não se permitindo que a mente vagueie ou fique distraída por uma variedade de assuntos ao mesmo tempo, sem se aprofundar em nenhum. MCP1 100 3 Dificuldades são encontradas em todos os estudos; nunca, porém, pareis por causa de desânimo. Investigai, estudai e orai; enfrentai varonil e vigorosamente cada dificuldade; chamai em socorro o poder da vontade e a graça da paciência, e então cavai mais diligentemente, até que a gema da verdade se mostre a sua frente, límpida e linda, tanto mais preciosa por causa das dificuldades envolvidas em sua busca. MCP1 100 4 Não fiqueis, então, a demorar-vos sempre nesse único ponto, nele concentrando todas as energias, para ele chamando insistentemente a atenção dos outros, mas tomai outro assunto, examinando-o atentamente. Assim, mistério após mistério se desdobrará a vossa compreensão. Por esse procedimento, duas valiosas vitórias serão ganhas. Não só tereis assegurado úteis conhecimentos, mas o exercício da mente aumentou a força e poder mentais. A chave encontrada para descobrir um mistério, pode trazer a lume outras preciosas gemas de conhecimento ainda velado. -- Testimonies for the Church 4:414 (1880). A lei do espírito MCP1 101 1 É uma lei do espírito que ele se estreite ou dilate segundo as dimensões dos objetos com que se torna familiar. As faculdades mentais se contrairão por certo, perdendo a capacidade de apreender o profundo sentido da Palavra de Deus, a menos que sejam, vigorosa e persistentemente, empenhados na tarefa de esquadrinhar a verdade. A mente se dilatará, caso se empregue em descobrir a relação dos temas bíblicos, comparando texto com texto, e coisas espirituais com outras, espirituais. Penetrai além da superfície; os mais preciosos tesouros do pensamento aguardam o hábil e diligente estudante. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1888; Mensagens aos Jovens, 262. Chamar à ação os poderes latentes MCP1 101 2 Nas atividades comuns da vida existe muito lidador levando pacientemente a rotina de suas tarefas diárias, inconsciente das latentes faculdades que, despertadas para a ação, colocá-lo-iam entre os maiores líderes do mundo. O toque de uma hábil mão se faz necessário para despertar e desenvolver essas adormecidas faculdades. Foram homens assim os que Jesus ligou a Si; e proporcionou-lhes as vantagens de três anos de preparo sob Seu próprio cuidado. Nenhum curso de estudos nas escolas dos rabis ou nas escolas de filosofia poderia haver igualado a isso em seu valor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 511, [no inglês]. Muitos poderiam ser gigantes intelectuais MCP1 101 3 Muitos de nossos obreiros poderiam hoje ser gigantes intelectuais, não se tivessem eles, contentado com satisfazer a um baixo nível, mas sido diligentes, deixando seus pensamentos e investigações lavrarem fundo. Muitos de nossos jovens estão em perigo de ser superficiais, deixando de crescer até a plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus. Julgam ter suficiente grau de conhecimento e compreensão dos assuntos, e se não amam o estudo não aprofundam o arado, a fim de obter todos os tesouros que lhes é possível adquirir. -- Carta 33, 1886. É necessária a disciplina própria MCP1 101 4 Deus requer a educação das faculdades mentais. Elas precisam ser cultivadas de modo que possamos, se necessário, apresentar a verdade perante os mais altos poderes terrestres, para glória de Deus. Também se necessita, todos os dias, do poder de Deus a atuar sobre coração e caráter. A disciplina própria tem de ser praticada por todo aquele que alega ser filho de Deus; pois é deste modo que a mente e a vontade são levadas à sujeição à mente e vontade de Deus. A decidida disciplina em a causa do Senhor, realizará mais do que a eloqüência e os mais brilhantes talentos. Uma mente comum, bem-educada, realizará mais obra, e mais elevada, do que os mais educados espíritos e os maiores talentos, sem o controle próprio. -- The Review and Herald, 28 de Julho de 1896. Anjos apoderam-se das mentes que raciocinam MCP1 102 1 Os anjos celestiais estão... ativos para apoderar-se das mentes que raciocinam, e seu poder é maior do que o das hostes das trevas. Há mentes que tratam de coisas sagradas sem estar em ligação com Deus, e que não discernem o Espírito de Deus. A menos que Sua graça os transforme segundo a imagem e semelhança de Cristo, Seu Espírito os deixará, tal qual a água deixa um vaso defeituoso. Sua única esperança é buscar a Deus com toda a mente, coração e alma. Então lutarão legitimamente pelo domínio. Satanás furtará a imaginação e as afeições, se lhe derdes oportunidade. -- Manuscrito 11, 1893. Exigida a mais alta aspiração santificada MCP1 102 2 "Minha graça te basta" (2 Coríntios 12:9) é a afirmação do grande Mestre. Apoderai-vos da inspiração dessas palavras, e nunca, nunca faleis de dúvida e incredulidade. Sede enérgicos. Não há serviço pela metade na pura e incontaminada religião. "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças." Marcos 12:30. A mais altamente santificada ambição se exige da parte dos que acreditam na Palavra de Deus. -- Special Testimonies on Education, 30 de Junho de 1896; Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 360, [no inglês]. Manter-se na personalidade recebida de Deus MCP1 103 1 Deus concedeu-nos poder, para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar posições de responsabilidade. Mantende-vos na personalidade que recebestes de Deus. Não sejais a sombra de outra pessoa. Esperai que o Senhor opere em vós, convosco e por vós. -- A Ciência do Bom Viver, 498, 499 (1905). O frustrador efeito do bolor do mundo (advertência a um pastor que gostava de especular) MCP1 103 2 És um homem que não deveria ser mestre da verdade. Devias estar muito mais avançado do que estás, na experiência e no conhecimento de Deus. Devias ser homem no entendimento, pois Deus te deu faculdades intelectuais que são susceptíveis do mais alto cultivo. Se te tivesses divorciado de tuas propensões especulativas, tivesses trabalhado na direção oposta, serias agora apto para prestar a Deus serviço aceitável. MCP1 103 3 Se tivesses cultivado a mente de modo correto, e usado para glória de Deus as tuas faculdades, terias estado plenamente qualificado para levar ao mundo a mensagem de advertência. Mas o bolor do mundo por tal forma afetou-te a mente, que ela não é santificada. Não tens cultivado as faculdades que te fariam um obreiro espiritual de êxito. Podes levar avante a obra de educar a mente em linhas corretas. Se não te tornas agora conhecedor da verdade, a falta será toda tua. -- Carta 3, 1878. Avançar constantemente MCP1 103 4 Quero que vossa ambição seja uma ambição santificada, de modo que os anjos de Deus possam inspirar vosso coração com santo zelo, guiando-vos no sentido de avançardes constante e solidamente e tornando-vos uma brilhante e resplandecente luz. Vossas faculdades perceptivas aumentarão em poder e saúde, se vosso inteiro ser -- corpo, alma e espírito -- for consagrado à realização de uma obra santa. Fazei todo o esforço, com a graça de Cristo, e mediante ela, para atingir a alta norma que vos é proposta. Podeis ser perfeitos em vossa esfera, como Deus é perfeito em Sua esfera. Não declarou Cristo: "Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste"? Mateus 5:48. -- Carta 123, 1904. Cultivar todas as faculdades MCP1 104 1 Deus deseja que cresçamos constantemente em santidade, felicidade e utilidade. Todos possuem aptidões que devem ser ensinadas a considerar sagrados dons, a apreciar como dotes do Senhor, e empregar devidamente. Ele deseja que os jovens cultivem todas as faculdades de seu ser, exercitando ativamente cada uma delas. Deseja que gozem tudo que é útil e precioso nesta vida, que sejam bons e façam o bem, depositando um tesouro celeste para a vida futura. -- A Ciência do Bom Viver, 398 (1905). Oportunidades ao alcance de todos MCP1 104 2 Há, ao alcance de todos, oportunidades e vantagens para fortalecer as faculdades morais e espirituais. A mente pode expandir-se e enobrecer-se e deve ser posta a demorar-se em coisas celestiais. Nossas faculdades têm de ser cultivadas ao máximo, do contrário deixaremos de atingir a norma de Deus. MCP1 104 3 A menos que [a mente] flua em direção do Céu, tornar-se-á fácil presa da tentação de Satanás, de empenhar-se em projetos mundanos, e empresas que não têm relação especial com Deus. E todo o zelo, e devoção, e agitada energia e febril desejo são postos nesse trabalho, e o maligno está ao lado, rindo-se ao ver o esforço humano lutando tão perseverantemente por um objetivo que jamais alcançará, pois se esquiva a sua posse. Mas se puder conservar os homens tão fascinados com o infundado engano de que dediquem as energias do cérebro, ossos e músculos a objetivos que jamais alcançarão, ele ficará satisfeito, pois as faculdades da mente que pertencem a Deus, e que Ele reivindica, são desviadas do alvo certo, dos objetivos apropriados. -- Carta 17, 1886. Não é preciso que o inimigo impeça o progresso diário MCP1 104 4 Resolve alcançar uma norma alta e santa; põe na altura a tua meta; procede com sincero propósito, como fez Daniel, constante e perseverantemente; e assim coisa alguma que o inimigo possa fazer, impedirá teu progresso diário. Não obstante as inconveniências, mudanças, perplexidades, poderás avançar constantemente no vigor mental e no poder moral. MCP1 105 1 Ninguém precisa ser ignorante, a menos que o prefira. O conhecimento deve ser adquirido constantemente; é alimento para a mente. Nós, que aguardamos a vinda de Cristo, devemos ter a resolução de não viver esta vida constantemente do lado da derrota nessa questão, mas na compreensão das consecuções espirituais. Sê homem de Deus, do lado da vitória. MCP1 105 2 O conhecimento está ao alcance de todos os que o desejam. É propósito de Deus que a mente se torne forte, o pensamento mais profundo, mais cheio e claro. Anda com Deus, como andou Enoque. Faze de Deus o teu Conselheiro, e não poderás deixar de progredir. -- Carta 26d, 1887. Apegai-vos a Deus e segui para a frente MCP1 105 3 Deus deu ao homem o intelecto, e o dotou de aptidões para progredir. Haja então um forte apego a Deus, um abandono da frivolidade, das diversões e de toda a impureza. Vença todos os defeitos de caráter. MCP1 105 4 Embora haja uma tendência natural de seguir uma conduta descendente, existe um poder que se fará combinar com o fervoroso esforço do homem. Sua força de vontade terá uma tendência contrária. Se ele combinar com ela o auxílio divino, poderá resistir à voz do tentador. Mas as tentações de Satanás concordam com suas tendências defeituosas, pecaminosas, e instam com ele a que peque. Tudo que lhe cumpre fazer é seguir o líder Jesus Cristo, que lhe dirá justamente o que deve fazer. Deus te acena, do Seu trono no Céu, oferecendo-te uma coroa de glória imortal, e te ordena que combata o bom combate da fé, complete a carreira, com paciência. Confia em Deus a todo o momento. É fiel Aquele que guia avançando. -- Carta 26d, 1887. O alto ideal de Deus para seus filhos MCP1 106 5 Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta uma vereda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo do verdadeiro conhecimento. Mas seus esforços se dirigirão a objetos tanto mais elevados que os meros interesses egoístas e temporais quanto os céus se acham mais altos do que a Terra. -- Educação, 18, 19 (1903). ------------------------Capítulo 13 -- Alimento para a mente Sábio progresso versus abuso MCP1 107 1 Deus nos concede talentos a fim de que os aperfeiçoemos, não para deles abusarmos. A educação é apenas um preparo para as faculdades físicas, intelectuais e morais cumprirem da melhor maneira todos os deveres da vida. A leitura imprópria provê uma falsa educação. O poder de resistência e a força e atividade do cérebro podem ser diminuídas ou aumentadas segundo a maneira na qual são empregados. -- Testimonies for the Church 4:498 (1880). Alimento saudável para a mente MCP1 107 2 A leitura limpa e sã será para o espírito o que é para o corpo o alimento saudável. Haveis de tornar-vos assim mais fortes para resistir à tentação, formar bons hábitos, e proceder segundo os retos princípios. -- The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1882. Guardar as avenidas da alma MCP1 107 3 Temos uma obra a fazer a fim de resistirmos à tentação. Aqueles que não querem ser presa dos ardis de Satanás devem bem guardar as entradas da alma; devem evitar ler, ver ou ouvir aquilo que sugira pensamentos impuros. MCP1 107 4 A mente não deve ser deixada a divagar ao acaso em todo assunto que o adversário das almas possa sugerir. "Cingindo os lombos do vosso entendimento", diz o apóstolo Pedro, "sede sóbrios, ... não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." 1 Pedro 1:13-15. MCP1 108 1 Diz Paulo: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filipenses 4:8. Isto exigirá oração fervorosa e incessante vigiar. Devemos ser auxiliados pela influência permanente do Espírito Santo, que atrairá a mente para cima, e habituá-la-á a ocupar-se com coisas puras e santas. E devemos fazer estudo diligente da Palavra de Deus. "Como purificará o mancebo seu caminho? observando-o conforme a Tua Palavra." "Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o salmista, "para eu não pecar contra Ti." Salmos 119:9-11. -- Patriarcas e Profetas, 460 (1890). O caráter revelado pela escolha da leitura MCP1 108 2 A natureza da experiência religiosa de uma pessoa revela-se na espécie dos livros que ela prefere em seus momentos de lazer. Para possuir um saudável tono mental, bem como sãos princípios religiosos, a mocidade deve viver em comunhão com Deus por meio de Sua Palavra. Indicando o caminho da salvação mediante Cristo, é a Bíblia nosso guia para uma vida mais elevada e melhor. Contém as mais interessantes e instrutivas histórias e biografias que já foram escritas. Aqueles cuja imaginação não foi pervertida pela leitura de ficção, hão de achar a Bíblia o mais interessante dos livros. -- The Youth's Instructor, 9 de Outubro de 1902; Mensagens aos Jovens, 273. Livros há que confundem a mente MCP1 108 3 Muitos dos livros que se acham empilhados nas grandes bibliotecas do mundo confundem mais a mente do que auxiliam a compreensão. Contudo, os homens gastam grandes somas de dinheiro na compra de tais livros, e anos de estudo, quando têm ao seu alcance um Livro que contém as Palavras dAquele que é o Alfa e o Ômega da sabedoria. O tempo gasto no estudo desses livros poderia ser mais bem empregado na aquisição de conhecimento dAquele a quem conhecer corretamente é vida eterna. Somente o que adquirir esse conhecimento poderá afinal ouvir as palavras: "Estais perfeitos nEle." Colossences 2:10. -- Folheto Words of Counsel, 1903; Conselhos Sobre Saúde, 369. Entendimento confuso MCP1 109 1 Quando a Palavra de Deus é posta de parte, sendo substituída por livros que desviam de Deus, e que confundem o entendimento no que respeita aos princípios do reino dos Céus, a educação dada é uma perversão do que se entende por este nome. A menos que o estudante tenha um alimento mental puro, completamente expurgado daquilo a que se chama "educação superior", e que está misturado com sentimentos de incredulidade, não pode ele verdadeiramente conhecer a Deus. Unicamente os que cooperam com o Céu no plano da salvação podem saber o que significa, em sua simplicidade, a verdadeira educação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 15 (1913). Despótico poder dos autores ateus (palavras do anjo instrutor) MCP1 109 2 A mente humana é facilmente encantada pelas mentiras de Satanás; e essas obras produzem uma aversão à contemplação da Palavra de Deus que, recebida e apreciada, assegurará a vida eterna ao recebedor. Vós sois criaturas de hábitos, e deveis lembrar-vos de que os hábitos corretos são uma bênção, tanto por seu efeito sobre vosso próprio caráter, como em sua influência para o bem em relação aos outros; mas os hábitos incorretos, uma vez adotados, exercem um poder despótico e levam em cativeiro as mentes. Se nunca tivésseis lido uma só palavra desses livros [de autores incrédulos], estaríeis hoje muito mais aptos a compreender esse Livro que, acima de todos os outros livros, merece ser estudado, e dá as únicas regras corretas acerca da educação superior. -- Testimonies for the Church 6:162 (1900). Leitura superficial produz imaginação doentia MCP1 110 1 Há muitos de nossos jovens aos quais Deus dotou de capacidades superiores. Deu-lhes mesmo os melhores talentos; mas suas faculdades se enervaram, a mente ficou confusa e enfraquecida, e através de anos não experimentaram nenhum crescimento na graça e no conhecimento das razões de sua fé, porque condescenderam com o gosto da leitura de novelas. Têm tanta dificuldade em controlar o apetite de tais leituras superficiais, como tem o beberrão em controlar sua sede de bebidas intoxicantes. MCP1 110 2 Esses poderiam hoje estar empregados em nossas casas publicadoras e ser eficientes obreiros como guarda-livros, ou preparando manuscritos para o prelo, ou lendo provas; mas perverteram seus talentos a ponto de se tornarem dispépticos mentais, e conseqüentemente são inaptos para uma posição de responsabilidade onde quer que seja. Têm a imaginação enferma. Vivem uma vida irreal. São inaptos para os deveres práticos da vida; e o que é mais triste e desanimador é que perderam todo estímulo para leituras sólidas. MCP1 110 3 Tornaram-se fascinados e encantados com alimento mental tal qual as histórias intensamente excitantes contidas em Cabana do Pai Tomás. Este livro foi um bem em seus dias, aos que necessitavam de um despertamento em relação com as falsas idéias que entretinham sobre a escravidão; mas nós estamos no próprio limiar do mundo eterno, quando semelhantes histórias não são necessárias no preparo para a vida eterna. -- Testimonies for the Church 5:518, 519 (1889). Livros que enfermam a mente MCP1 110 4 Contos de amor e narrativas frívolas, excitantes, constituem outra espécie de livros que são uma praga a todo leitor. Pode o autor atribuir boa moral a sua obra, e através de toda ela entretecer sentimentos religiosos, todavia na maioria dos casos Satanás está apenas trajando vestes de anjo, para mais eficazmente atrair e enganar. A mente é afetada grandemente por aquilo de que se alimenta. Os leitores de contos frívolos, excitantes, tornam-se inaptos para os deveres que têm pela frente. Vivem uma vida irreal e não têm desejo de examinar as Escrituras, a fim de alimentar-se com o maná celestial. A mente se enfraquece e perde o poder de contemplar os grandes problemas do dever e do destino. -- Testimonies for the Church 7:165 (1902). Ficção e pensamentos sensuais MCP1 111 1 O alimento mental em que se tem chegado a deleitar [o leitor de ficção], é contaminador em seus efeitos, conduzindo a pensamentos impuros e sensuais. Tenho experimentado sincera piedade por essas almas, ao considerar quanto estão perdendo com o negligenciar oportunidades de obter conhecimento de Cristo, em quem se concentram nossas esperanças de vida eterna. Quanto tempo precioso é malgasto, e que poderia ser empregado em estudar o Modelo da verdadeira bondade! -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 123 (1890); Mensagens aos Jovens, 279, 280. A mente cai na imbecilidade (palavras de advertência a uma dona-de-casa inválida) MCP1 111 2 Através de anos sua mente tem sido como um córrego múrmuro, quase tomado de rochas e mato, desperdiçando a água. Fossem suas faculdades controladas por altos propósitos, não seria você a inválida que é agora. Você imagina que deve ser tolerada, em seu apetite caprichoso e suas excessivas leituras. MCP1 111 3 Vi à meia-noite a lâmpada acesa em seu quarto, e você debruçada sobre algum conto fascinante, estimulando assim o seu cérebro já sobre-excitado. Este procedimento tem diminuído seu poder sobre a vida, enfraquecendo-a física, mental e moralmente. A irregularidade causou desordem em sua casa, e se continuar, levará sua mente a cair em imbecilidade. O prazo concedido por Deus foi abusado, e desperdiçado o tempo de concessão divina. -- Testimonies for the Church 4:498 (1880). Ébrios mentais MCP1 111 4 Os leitores de contos frívolos e excitantes tornam-se inaptos para os deveres da vida prática. Vivem em um mundo irreal. Tenho observado crianças a quem se consentiu adquirir o costume de ler tais histórias. Quer em casa quer fora de casa, achavam-se inquietas, sonhadoras, incapazes de conversar a não ser sobre os assuntos mais triviais. Pensamentos e conversas religiosas eram inteiramente alheios ao seu espírito. Cultivando o apetite pelas histórias sensacionais, perverte-se o gosto da mente, e o espírito não se satisfaz a menos que seja nutrido com tal alimento prejudicial. Não posso imaginar expressão mais apropriada para designar os que condescendem com tal leitura, do que a de ébrios mentais. Hábitos intemperantes na leitura têm sobre o cérebro um efeito idêntico àquele que os hábitos de intemperança no comer e no beber exercem sobre o corpo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 134, 135 (1913), [no inglês]. Exagerada condescendência, que é pecado MCP1 112 1 A exagerada condescendência no comer, beber, dormir ou ver é pecado. A harmoniosa ação sadia de todas as faculdades do corpo e da mente dão em resultado a felicidade. ... As faculdades da mente devem exercitar-se em temas relacionados com nossos interesses eternos. Isso será conducente à saúde do corpo e do espírito. -- Testimonies for the Church 4:417 (1880). Sobrecarregar a mente MCP1 112 2 Ao estudante que deseja fazer o trabalho de dois anos em um, não se deve permitir fazer como ele próprio o entende. Empreender fazer trabalho duplo significa para muitos sobrecarregar a mente e negligenciar o exercício físico. Não é razoável supor que o espírito possa assimilar um excesso de alimento mental; e é pecado tão grande sobrecarregar a mente como o é sobrecarregar os órgãos digestivos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 296 (1913), [no inglês]. Investigar também o alimento das conversas MCP1 112 3 Convém que toda alma investigue acuradamente qual o alimento mental que lhe é servido. Quando se aproximam de vós os que vivem para conversar e que se acham preparados e equipados para dizer: "Conte e nós o contaremos", detende-vos a pensar se a conversação proporcionará auxílio e eficiência espirituais, para que em comunicação espiritual comais a carne e bebais o sangue do Filho de Deus. "Chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa." Estas palavras dizem muito. MCP1 113 1 Não devemos ser mexeriqueiros, bisbilhoteiros ou boateiros; não devemos dar falso testemunho. Somos proibidos por Deus de empenhar-nos em conversas frívolas e insensatas, em gracejos e piadas, ou proferir palavras ociosas. Temos de prestar contas a Deus do que dizemos. Seremos levados a juízo por nossas palavras precipitadas, que não fazem bem para quem fala nem para quem ouve. Falemos todos, portanto, palavras que sejam boas para edificação. Lembrai-vos de que sois valiosos para Deus. Não permitais que vossa experiência cristã se componha de conversas baixas e insensatas ou de princípios errôneos. -- Manuscrito 68, 1897; Fundamentos da Educação Cristã, 458. Mulher cuja vista dos olhos pervertia o coração MCP1 113 2 A irmã _____, embora possuindo excelentes qualidades naturais, está sendo atraída para longe de Deus, por suas amigas incrédulas e parentes, que não amam a verdade e não simpatizam com o sacrifício e abnegação que têm de ser feitos por amor da verdade. A irmã _____ não tem sentido a importância da separação do mundo, como ordena o mandamento de Deus. A visão dos seus olhos e o ouvir dos seus ouvidos lhe perverteram o coração. -- Testimonies for the Church 4:108 (1876). Sons, vistas e influências que desmoralizam MCP1 113 3 Há razão para profunda solicitude de vossa parte por vossos filhos, os quais estão em face da tentação a cada passo. É-lhes impossível evitar o contato com más associações. ... Contemplarão imagens e ouvirão sons, e estarão sujeitos a influências desmoralizantes que, a menos que delas se guardem inteiramente, imperceptível mas seguramente lhes corromperão o coração e deformarão o caráter. -- Pacific Health Journal, Junho 1890; O Lar Adventista, 406. Algumas associações semelham um veneno lento MCP1 113 4 Pudesse minha voz alcançar os pais através de todo o país, eu os advertiria a que não cedessem aos desejos dos filhos, na escolha de seus companheiros ou associados. Pouco os pais consideram que as impressões prejudiciais são muito mais de pronto recebidas pelos jovens, do que as impressões divinas; por isso suas associações devem ser as mais favoráveis para o crescimento na graça e para a verdade revelada na Palavra de Deus estabelecer-se-lhes no coração. MCP1 114 1 Se as crianças estão em companhia daqueles cuja conversa seja acerca de não importantes assuntos seculares, sua mente baixará ao mesmo nível. Se ouvem os princípios da religião serem desonrados e nossa fé apoucada, se astutas objeções à verdade lhes são incutidas ao ouvido, essas coisas se lhes apegarão na mente, moldando-lhes o caráter. MCP1 114 2 Se a mente é enchida de histórias, sejam elas verdadeiras ou fictícias, não resta lugar para as informações úteis e conhecimentos científicos que a deveria ocupar. Que devastação tem este amor a leituras levianas operado na mente! Como tem destruído os princípios da sinceridade e verdadeira piedade, que são a base de um caráter simétrico! É tal qual um lento tóxico introduzido no organismo, e que, mais cedo ou mais tarde, revelará seus amargos efeitos. Quando é deixada na mente de um jovem uma impressão errada, produz-se u'a marca, não na areia, mas na resistente rocha. -- Testimonies for the Church 5:544, 545 (1889). Olhos fixos em Cristo MCP1 114 3 Quando tomou sobre Si a natureza humana, Cristo ligou a Si a humanidade por um vínculo de amor que jamais pode ser partido por qualquer poder, a não ser a escolha do próprio homem. Satanás apresentará constantemente engodos, para nos induzir a romper esse laço -- escolher separar-nos de Cristo. É aqui que temos necessidade de vigiar, lutar, orar, para que nada nos seduza a escolher outro senhor; pois que estamos sempre na liberdade de o fazer. Mas conservemos os olhos fitos em Jesus, e Ele nos preservará. Olhando para Jesus estamos seguros. Coisa alguma nos poderá arrebatar de Suas mãos. Contemplando-O constantemente, seremos "transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor". 2 Coríntios 3:18. -- Conflict and Courage, 72 (1892). ------------------------Capítulo 14 -- Exercício Lei da ação obediente MCP1 115 1 Todos os seres celestiais estão em constante atividade, e o Senhor Jesus, em Seu trabalho prático vitalício, deu um exemplo a todos os homens. Deus estabeleceu no Céu a lei da ação obediente. Silenciosos mas sem cessar, os objetos de Sua criação realizam a obra que lhes é designada. O oceano está em constante movimento. A relva a germinar, "que hoje existe e amanhã é lançada ao forno", cumpre sua tarefa, revestindo de beleza os campos. As folhas são agitadas pelo vento, e no entanto nenhuma mão se vê a tocá-las. O Sol, a Lua e as estrelas são úteis, e cumprem gloriosamente a missão que lhes é designada. E o homem -- corpo e mente criados à semelhança do próprio Deus, têm de ser ativos para preencher o lugar determinado. O homem não se destina a ficar ocioso. A ociosidade é pecado. -- Carta 103, 1900; Special Testimonies, Série B, 1:29, 30. A maquinaria do corpo tem de continuar sua obra MCP1 115 2 Estudai o plano do Senhor acerca de Adão, que foi criado puro, santo e sadio. A Adão foi dado algo a fazer. Devia usar os órgãos dados por Deus. Não é possível que ele devesse ficar ocioso. Seu cérebro tinha que trabalhar, não de modo maquinal, como uma máquina qualquer. Em todo o tempo a maquinaria do corpo continua sua obra; o coração palpita, fazendo o trabalho normal que lhe é designado, qual máquina a vapor, forçando incessantemente sua corrente carmesim a todas as partes do corpo. Ação, ação, é o que se vê penetrando a máquina viva toda. Cada órgão tem de realizar a obra determinada. Se continuar a inação física, haverá cada vez menos atividade do cérebro. -- Carta 103, 1900. Exercício ao ar livre MCP1 116 1 O organismo todo precisa da revigorante influência do exercício ao ar livre. Umas poucas horas de trabalho físico diariamente, tenderiam a renovar o vigor físico e dar repouso e alívio à mente. -- Testimonies for the Church 4:264, 265 (1876). MCP1 116 2 Ar, ar, a preciosa dádiva do Céu, que todos podem usufruir, vos abençoará com sua influência revigorante, se não recusardes sua entrada. Dai-lhe boa acolhida, cultivai o amor por ele, e se demonstrará um precioso calmante dos nervos. O ar tem de estar em constante circulação para conservar-se puro. A influência do ar puro, renovado é fazer o sangue circular sadiamente através do organismo. Refrigera o corpo e tende a torná-lo forte e sadio, enquanto ao mesmo tempo é sentida decididamente sua influência sobre a mente, comunicando certa calma e serenidade. Estimula o apetite, tornando mais perfeita a digestão do alimento e induzindo um sono suave e sadio. -- Testimonies for the Church 1:702 (1868). Inatividade, prolífera causa de moléstias MCP1 116 3 A inatividade é prolífera causa de moléstias. O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde. Também a pele se torna inativa. As impurezas não são eliminadas, como seriam se a circulação houvesse sido estimulada por vigoroso exercício, a pele conservada em condições saudáveis, e os pulmões alimentados com abundância de ar puro, renovado. Este estado do organismo lança um duplo fardo sobre o sistema eliminatório, dando em resultado a doença. -- A Ciência do Bom Viver, 237, 238 (1905). Judiciosa regulamentação do exercício MCP1 117 1 O exercício físico bem dirigido, usando as forças mas delas não abusando, provar-se-ia eficaz agente medicinal. -- Manuscrito 2, 1870. Evita que a mente se torne sobrecarregada MCP1 117 2 O trabalho físico não impedirá o cultivo do intelecto. Longe disso. As vantagens ganhas pelo trabalho físico equilibrarão a pessoa e evitarão que a mente fique sobrecarregada. O labor incidirá sobre os músculos e aliviará o cansado cérebro. Há muitas meninas descuidadas, inúteis, que consideram indigno para uma senhora, empenhar-se em trabalho ativo. Seu caráter, porém, é demasiado transparente para que pudesse enganar pessoas sensatas quanto ao seu real desvalor. ... MCP1 117 3 Não é uma coisinha frágil, incapaz, bem vestida, que é uma senhora. Requer-se um corpo são para um são intelecto. A sanidade física e o conhecimento prático de todos os deveres domésticos necessários, jamais serão estorvos para um intelecto bem desenvolvido; ambos são de altíssima importância para uma senhora. -- Testimonies for the Church 3:152 (1872). Sem exercício não pode a mente estar em condições de trabalho MCP1 117 4 Para um jovem sadio, o exercício rigoroso, severo, fortalece cérebro, ossos e músculos. E é um preparo essencial para o árduo labor de um médico. Sem semelhante exercício a mente não pode estar em condições de trabalho. Ela não pode apresentar a ação rápida e incisiva que dá finalidade às suas faculdades. Torna-se inativa. Semelhante jovem nunca, nunca se tornará o que Deus pretendia que ele fosse. Marcou tantos lugares de descanso que se tornará qual poço estagnado. A atmosfera que o rodeia está carregada de micróbios morais. -- Carta 103, 1900. Esforço mental restrito quando negligenciado o exercício físico MCP1 118 1 Os que se empenham em constante labor mental, quer no estudo quer pregando, precisam de repouso e variação. O estudante fervoroso está constantemente forçando o cérebro, enquanto muitas vezes negligencia o exercício físico, e em resultado, as faculdades físicas são enfraquecidas e o esforço mental é restrito. Assim o estudante deixa de realizar a própria obra que ele poderia ter feito se tivesse trabalhado prudentemente. -- Obreiros Evangélicos, 240 (1893). Igualar as atividades mentais e físicas MCP1 118 2 Equilibrai o esforço das faculdades físicas e mentais, e a mente do estudante será refrigerada. Se está doente, o exercício físico freqüentemente ajudará o organismo a recuperar a condição normal. Ao saírem os alunos do colégio, devem ter melhor saúde e melhor compreensão das leis da vida do que quando nele entraram. A saúde deve ser tão sagradamente cuidada como o caráter. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 82, 83 (1890); Orientação da Criança, 343. O exercício, agente medicinal MCP1 118 3 Quando os inválidos nada têm em que ocupar o tempo e a atenção, seus pensamentos se concentram em si mesmos, e tornam-se mórbidos e irritáveis. Muitas vezes se preocupam com o mal que sentem, a ponto de se julgarem muito pior do que na realidade estão, e inteiramente incapazes de fazer qualquer coisa. MCP1 118 4 Em todos esses casos, o bem orientado exercício físico se demonstraria eficaz remédio. Em alguns casos ele é indispensável à restauração da saúde. A vontade acompanha o trabalho das mãos; e o que esses inválidos precisam é do despertamento da vontade. Quando esta se encontra adormecida, a imaginação torna-se anormal, e é impossível resistir à moléstia. -- A Ciência do Bom Viver, 239 (1905). É perigoso o sistema não-fazer-nada MCP1 118 5 O sistema não-fazer-nada é, em todos os casos, um sistema perigoso. A idéia de que os que sobrecarregaram as faculdades mentais e físicas, ou que baquearam física e mentalmente, tenham de suspender a atividade a fim de reaver a saúde, é grande erro. Casos há em que um completo repouso, por algum tempo, afastará sérias moléstias, mas no caso de confirmados inválidos isso raramente é necessário. -- Manuscrito 2, 1870. Inatividade, a maior desgraça para a maioria dos inválidos MCP1 119 1 A inatividade é a maior desgraça que poderia sobrevir à maioria dos inválidos. Isto se dá especialmente com aqueles cujos males foram causados ou agravados por práticas impuras. MCP1 119 2 Ocupação leve em trabalho útil, ao passo que não sobrecarrega a mente e o corpo, tem benéfica influência sobre ambos. Fortalece os músculos, promove melhor circulação, ao mesmo tempo que dá ao inválido a satisfação de saber que não é inteiramente inútil neste atarefado mundo. Talvez não seja capaz de fazer senão pouco a princípio, mas em breve verificará que suas forças aumentam, e pode proporcionalmente aumentar a quantidade de trabalho. MCP1 119 3 Os médicos muitas vezes aconselham seus pacientes a empreender uma viagem marítima, ir a alguma fonte de águas minerais, ou visitar lugares vários, para reaver a saúde; entretanto, em nove casos dentre dez, se se alimentassem temperantemente e fizessem animoso e saudável exercício, curar-se-iam, ao mesmo tempo que poupariam tempo e dinheiro. -- Manuscrito 2, 1870. Ver A Ciência do Bom Viver, 240 (1905). O exercício tem de ser sistemático (conselho a uma mãe inválida) MCP1 119 4 O Senhor lhe deu uma obra a fazer, a qual Ele não Se propõe fazer em seu lugar. Você deve agir movida por princípio, em harmonia com a lei natural, independente dos sentimentos. Deve começar a agir segundo a luz que Deus lhe deu. Talvez não lhe seja possível fazer tudo imediatamente, mas poderá fazer muito se se ativar aos poucos, com fé, crendo que Deus será seu ajudador, que Ele a fortalecerá. MCP1 119 5 Poderá fazer o exercício de andar, e cumprindo deveres que exijam trabalho leve, no seio da família, e não dependendo tanto dos outros. A consciência de que você pode fazer algo lhe aumentará as forças. Se usasse mais as mãos, e esforçasse menos o cérebro em fazer planos para outros, suas forças físicas e mentais aumentariam. Seu cérebro não é ocioso, mas não há um esforço correspondente por parte dos outros órgãos do corpo. MCP1 120 1 O exercício, para lhe ser de positiva vantagem, deve ser sistematizado e levado a influir nos órgãos debilitados, para que se possam fortalecer pelo uso. A cura do movimento [massagem] é grande vantagem a certa classe de pacientes, enfraquecidos demais para o exercício. É, porém, grande erro crer que todos os enfermos possam confiar nele e dele depender, ao mesmo tempo que negligenciem eles mesmos exercitar seus músculos. -- Testimonies for the Church 3:76 (1872). Atual onda de corrupção, conseqüência de corpos e mentes abusados MCP1 120 2 A onda de corrupção que rola sobre o mundo é resultado do mau emprego e abuso da maquinaria humana. Os homens, mulheres e crianças devem ser ensinados a trabalhar com as próprias mãos. Então o cérebro não ficará sobrecarregado, para prejuízo de todo o organismo. -- Carta 145, 1897. O esforço da mente e do corpo tende a impedir pensamentos impuros MCP1 120 3 O proporcionado esforço das faculdades mentais e físicas evitará a tendência aos pensamentos e atos impuros. Os professores devem compreender isto. Devem ensinar aos estudantes que os pensamentos e atos puros dependem da maneira em que conduzem seus estudos. As ações conscienciosas dependem do pensar consciencioso. O exercício em ocupações agrícolas e nos vários ramos de trabalho é maravilhosa salvaguarda contra a sobrecarga do cérebro. Nenhum homem, mulher ou criança que deixe de usar todas as faculdades que Deus lhe deu, pode conservar a saúde. Não poderá guardar conscienciosamente os mandamentos de Deus. Não poderá amar a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmo. -- Carta 145, 1897. Algum trabalho braçal cada dia MCP1 121 1 O esclarecimento que me é dado, é que, se nossos ministros fizessem mais trabalho físico, colheriam bênçãos na saúde. ... É positiva necessidade para a saúde física e a clareza mental fazer algum trabalho braçal durante o dia. Assim o sangue é atraído do cérebro para outras partes do corpo. -- Carta 168, 1899; Evangelismo, 660, 661. Cada estudante deve fazer exercício MCP1 121 2 Cada estudante deve dedicar parte de cada dia ao trabalho ativo. Assim se formariam hábitos de indústria, e acoroçoar-se-ia um espírito de confiança em si, ao mesmo tempo em que o jovem estaria escudado de muitos males e práticas degradantes que tantas vezes são o resultado da ociosidade. E tudo isto está de acordo com o objetivo primordial da educação; pois que acoroçoando a atividade, a diligência e a pureza estamos nos pondo em harmonia com o Criador. -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). MCP1 121 3 A educação física bem como a religiosa, praticada nas escolas dos hebreus, pode com proveito ser estudada. O valor de tal educação não é apreciado. Há uma íntima relação entre a mente e o corpo, e, a fim de atingir-se uma elevada norma de alcance moral e intelectual, devem ser atendidas as leis que governam o nosso ser físico. Para se conseguir um caráter forte e bem equilibrado, tanto as faculdades mentais como as físicas devem ser exercitadas e desenvolvidas. Que estudo pode ser mais importante para o jovem do que aquele que trata deste maravilhoso organismo que Deus nos confiou, e das leis pelas quais ele pode ser preservado em saúde? -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). O exercício físico promove a saúde MCP1 121 4 Quando o corpo está inativo, o sangue corre indolentemente, os músculos decrescem em dimensões e resistência. ... O exercício físico, e o abundante uso de ar e luz solar -- bênçãos que o Céu a todos concedeu abundantemente -- dariam vida e forças a muitos emaciados inválidos. ... MCP1 122 1 O trabalho é uma bênção, não uma maldição. O diligente labor guarda muitos, jovens e velhos, dos laços daquele que "ainda encontra algum malfeito para as mãos ociosas". Ninguém se envergonhe de trabalhar; pois o labor honesto é enobrecedor. Enquanto as mãos se acham ocupadas nas tarefas mais comuns, a mente pode estar cheia de elevados e santos pensamentos. -- The Youth's Instructor, 27 de Fevereiro de 1902; Nossa Alta Vocação, 222. ------------------------Capítulo 15 -- Fatores emocionais Obediência a Deus livra das paixões e impulsos MCP1 123 1 Obediência a Deus é liberdade do cativeiro do pecado, livramento das paixões e impulsos humanos. O homem pode ser vencedor de si mesmo, vencedor de suas inclinações, vencedor dos principados e potestades, e dos "príncipes das trevas deste século", e das "hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais". -- A Ciência do Bom Viver, 131 (1905). Emoções devem ser controladas pela vontade MCP1 123 2 Vossa parte é pôr a vontade do lado de Cristo. Quando entregais vossa vontade à dEle, Ele imediatamente toma posse de vós e efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Vossa natureza é posta sob o controle de Seu espírito. Até mesmo os vossos pensamentos Lhe são sujeitos. MCP1 123 3 Se não podeis controlar vossos impulsos, vossas emoções, segundo o desejais, podeis controlar a vontade, e assim se operará em vossa vida uma mudança completa. Quando rendeis a Cristo vossa vontade, vossa vida é escondida com Cristo em Deus. Alia-se ao poder que está acima de todos os principados e potestades. Recebeis de Deus uma força que vos mantém seguros a Sua força; e uma nova vida, mesmo a vida da fé, se vos torna possível. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 148. Emoções controladas pela razão e a consciência MCP1 124 1 O poder da verdade deve ser suficiente para suster e consolar em qualquer adversidade. É em habilitar seu possuidor a triunfar sobre a aflição, que a religião de Cristo revela seu verdadeiro valor. Põe os apetites, as paixões e as emoções sob o controle da razão e da consciência, e disciplina os pensamentos de modo a fluírem num conduto sadio. E então a língua não se permitirá desonrar a Deus por expressões de pecaminoso descontentamento. -- Testimonies for the Church 5:314 (1885). Fazer a vontade de Deus, em contraste com os sentimentos e emoções (conselho a um jovem) MCP1 124 2 Não são teus sentimentos, tuas emoções, que te tornam filho de Deus, mas sim o fazer a vontade de Deus. Está a tua frente uma vida de utilidade, se a tua vontade se tornar a vontade de Deus. Então poderás erguer-te em tua varonilidade concedida por Deus, como exemplo de boas obras. MCP1 124 3 Ajudarás então a manter regras de disciplina, em vez de ajudar a derrubá-las. Ajudarás a manter a ordem, em vez de desprezá-la, e por teu próprio procedimento incitar à irregularidade de vida. MCP1 124 4 Digo-te, no temor de Deus: Sei o que podes tornar-te, se colocares tua vontade ao lado de Deus. "De Deus somos cooperadores." 1 Coríntios 3:9. Poderás estar fazendo tua obra para o tempo e a eternidade de tal modo que ela subsista na prova do juízo. Tentarás? Estás agora disposto a fazer meia-volta? És objeto do amor e da intercessão de Cristo. Não quererás agora render-te a Deus e ajudar os que foram postos como sentinelas para guardar os interesses de Sua obra, em vez de causar-lhes pesar e desânimo? -- Testimonies for the Church 5:515, 516 (1889). Transformados o desassossego e a insatisfação (certeza a uma pessoa que estava em dúvida) MCP1 124 5 Quando chegares a receber a Cristo como teu Salvador pessoal, haverá em ti uma assinalada mudança; estarás convertido, e o Senhor Jesus, por Seu Santo Espírito, Se postará a teu lado. Não haverá por mais tempo o desassossego, ansiedade e insatisfação que te possuem. MCP1 125 1 Gostas de falar. Se tuas palavras fossem de molde a glorificar a Deus, não haveria nelas pecado. Mas não sentes paz, e descanso e alegria no serviço de Deus. Por certo não és um homem convertido, que faça a vontade de Deus, por isso não podes sentir animosa, vivificadora influência do Seu Santo Espírito. MCP1 125 2 Quando te convenceres de que não podes ser cristão e ao mesmo tempo fazer o que te agrada, quando reconheceres que terás de render a tua vontade à vontade de Deus, então poderás aceitar o convite de Cristo: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. -- Manuscrito 13, 1897. Controlar as emoções internas MCP1 125 3 Podes estar bem disposto e alegre, se puseres mesmo os pensamentos em sujeição à vontade de Cristo. Não deves demorar em examinar rigorosamente o próprio coração e morrer diariamente ao próprio eu. MCP1 125 4 Poderás indagar: Como posso dominar meus atos e controlar minhas emoções íntimas? MCP1 125 5 Muitos que não professam o amor de Deus, controlam o espírito em considerável medida, sem o auxílio da graça especial de Deus. Cultivam o domínio próprio. Isto representa na verdade uma exprobração aos que sabem que, de Deus, podem obter força e graça, e todavia não exibem as graças do Espírito. Cristo é nosso Modelo. Ele era manso e humilde. Aprende dEle e imita-Lhe o exemplo. O Filho de Deus era sem defeito. Nós devemos ter como alvo essa perfeição, e vencer como Ele venceu, se é que queremos ter assento a Sua mão direita. -- Testimonies for the Church 3:336 (1873). As emoções são inconstantes como as nuvens MCP1 126 1 Esperaremos, porém, até que sintamos estar purificados? Não; Cristo prometeu que "se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. Sois provados por Deus mediante Sua Palavra. Não deveis esperar por emoções maravilhosas, antes de crerdes que Deus vos ouviu; os sentimentos não devem ser vosso critério, pois as emoções são mutáveis como as nuvens. Deveis ter alguma coisa sólida como fundamento de vossa fé. A palavra do Senhor é palavra de poder infinito, com a qual podeis contar, e Ele disse: "Pedi, e recebereis." Olhai ao Calvário. Não disse Jesus ser Ele vosso advogado? Não disse Ele que se pedirdes qualquer coisa em Seu nome vós o recebereis? Não deveis confiar em vossa própria bondade ou boas obras. Deveis chegar confiantes ao Sol da Justiça, crendo que Cristo tirou vossos pecados e vos imputou a Sua justiça. -- The Signs of the Times, 12 de Dezembro de 1892; Mensagens Escolhidas 1:328. Emoções não são salvaguarda segura MCP1 126 2 Os sentimentos são muitas vezes enganadores, as emoções não são salvaguarda segura, pois são variáveis e sujeitos a circunstâncias externas. Muitos são enganados por confiarem em impressões sensacionais. O teste é: Que estais vós fazendo por Cristo? Que sacrifícios estais fazendo? Que vitórias estais alcançando? Um espírito egoísta vencido, resistida uma tentação de negligenciar o dever, paixões subjugadas, e obediência voluntária e alegre prestada à vontade de Cristo são muito maiores evidências de que sois filhos de Deus, do que piedade espasmódica e religião emocional. -- Testimonies for the Church 4:188 (1876). Os cristãos não devem sujeitar-se a emoções MCP1 126 3 Os filhos de Deus não devem sujeitar-se a sentimentos e emoções. Quando flutuam entre a esperança e o temor, o coração de Cristo é ferido, pois lhes tem dado inconfundíveis evidências do Seu amor. ... Ele quer que façam a obra que Ele lhes deu; então seu coração se tornará em Suas mãos como harpas sagradas, cada corda das quais despedirá louvores e ações de graças Àquele que foi enviado por Deus para tirar os pecados do mundo. -- Carta 2, 1914; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 518, 519. Cristo dá domínio sobre inclinações naturais MCP1 127 1 Cristo veio a este mundo e viveu a lei de Deus, a fim de que o homem pudesse ter perfeito domínio sobre as naturais inclinações que corrompem a alma. Médico da alma e do corpo, Ele dá a vitória sobre as concupiscências em luta no íntimo. Proveu toda facilidade para que o homem possa possuir inteireza de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 130, 131 (1905). O êxtase de sentimento não é prova de conversão MCP1 127 2 Satanás leva o povo a pensar que, por terem sentido um êxtase de sentimento, estão convertidos. Sua vida, porém, não experimenta mudança. Seus atos são os mesmos de antes. Sua vida não mostra bons frutos. Eles oram freqüente e longamente, e constantemente se referem aos sentimentos que tiveram em tal ou qual ocasião. Mas não vivem a nova vida. Estão enganados. Sua vivência não vai além dos sentimentos. Constroem sobre areia, e ao virem ventos adversos, sua casa é arrebatada. -- The Youth's Instructor, 26 de Setembro de 1901; The S.D.A. Bible Commentary 4:1164. Sentimentos de desassossego às vezes fazem bem MCP1 127 3 Sentimentos de desassossego e de saudade ou solidão podem ser-vos benéficos. Vosso Pai celeste pretende ensinar-vos a encontrar nEle a amizade e o amor e consolação que satisfarão vossas mais ferventes esperanças e desejos. ... Vossa única segurança e felicidade está em fazer de Cristo vosso constante Conselheiro. Podeis ser felizes nEle ainda que não tenhais nenhum outro amigo no vasto mundo. -- Carta 2b, 1874; Nossa Alta Vocação, 257. O Senhor quer perturbar mentes MCP1 128 1 Cristo vê os homens tão absortos em cuidados mundanos e perplexidades comerciais, que não têm tempo para familiarizar-se com Ele. Para eles o Céu é estranho lugar, pois o excluíram de seus cálculos. Não familiarizados com assuntos celestiais, cansam-se de ouvir a respeito deles. Aborrecem-se de que sua mente seja perturbada acerca de sua necessidade de salvação, preferindo empenhar-se em diversões. Mas o Senhor quer perturbar-lhes a mente, a fim de que sejam levados a apegar-se às realidades eternas. Ele não está brincando com eles. Muito, muito logo todos O conhecerão, quer o desejem quer não. -- Manuscrito 105, 1901. Não absorver-se no estudo das próprias emoções MCP1 128 2 Não é sábio olhar-nos a nós mesmos, e estudar nossas emoções. Se assim fazemos, o inimigo apresentará dificuldades e tentações que enfraquecerão a fé e destruirão o ânimo. Estudar atentamente nossas emoções e dar curso aos sentimentos, é entreter a dúvida, e enredar-nos em perplexidades. Devemos desviar os olhos do próprio eu para Jesus. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). ------------------------Capítulo 16 -- Influências pré-natais Importância das influências pré-natais MCP1 131 1 O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância; o Céu, porém, não o considera assim. A mensagem enviada por um anjo de Deus, e duas vezes dada da maneira mais solene, mostra que isto merece a nossa mais atenta consideração. -- A Ciência do Bom Viver, 372 (1905). A disposição contente afeta a prole MCP1 131 2 Toda mulher prestes a tornar-se mãe, seja qual for o seu ambiente, deve animar constantemente uma disposição feliz, alegre, contente, sabendo que por todos os seus esforços postos nesta direção será ela recompensada dez vezes mais no caráter tanto físico como moral do seu rebento. E isto não é tudo. Ela pode, pelo hábito, acostumar-se a pensamentos animosos, e assim encorajar um feliz estado de espírito e lançar alegre reflexo de sua própria felicidade de espírito na família e nos que com ela se associam. MCP1 131 3 E em muito grande medida sua saúde física melhorará. Um poder será comunicado às forças vitais e o sangue não circulará lentamente, como seria o caso se ela se entregasse ao desânimo e tristeza. Sua saúde mental e moral é revigorada pela leveza de seu espírito. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1899; Conselhos Sobre Saúde, 79. Os sentimentos da mãe moldam a disposição da criança antes de nascer MCP1 132 1 Os pensamentos e sentimentos da mãe terão poderosa influência no legado que ela faz a seu filho. Se ela permite que os próprios pensamentos se demorem em seus sentimentos, se condescende com o egoísmo, se é irritadiça e exigente, a disposição de seu filho testificará desse fato. Assim, muitos receberam como patrimônio tendências quase invencíveis para o mal. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910; Temperança, 171. MCP1 132 2 Se a mãe se atém sem reservas aos retos princípios, se é temperante e abnegada, bondosa, amável e esquecida de si mesma, ela pode transmitir ao filho os mesmos traços de caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 373 (1905). A influência pré-natal da paz MCP1 132 3 Aquela que espera tornar-se mãe deve conservar a alma no amor de Deus. Seu espírito deve estar em paz; ela deve descansar no amor de Jesus, pondo em prática as palavras de Cristo. Deve lembrar-se de que a mãe é colaboradora de Deus. -- The Signs of the Times, 9 de Abril de 1896; O Lar Adventista, 259. Deve o pai familiarizar-se com as leis físicas MCP1 132 4 As forças da mãe devem ser carinhosamente nutridas. Em lugar de gastar suas preciosas energias em excessivo labor, seus cuidados e encargos devem ser diminuídos. Freqüentemente o marido e pai desconhece as leis físicas de cuja compreensão depende a felicidade de sua família. Absorvido na luta pela subsistência, ou empenhado em adquirir fortuna e assoberbado de cuidados e perplexidades, ele consente que pesem sobre a mulher e mãe responsabilidades que lhe sobrecarregam as energias no período mais crítico, causando-lhe enfraquecimento e doença. -- A Ciência do Bom Viver, 373 (1905). Crianças roubadas da elasticidade mental MCP1 132 5 Se a mãe é privada do cuidado e conforto que lhe devem ser proporcionados, se se consente exaurir as forças em trabalho excessivo ou por ansiedade e tristeza, seus filhos são privados da força vital, da elasticidade mental e da jovialidade que poderiam herdar. Muito melhor seria tornar a vida da mãe feliz e contente, pô-la ao abrigo de necessidades, trabalho fatigante e deprimentes cuidados, fazendo com que os filhos herdem boa constituição, e possam abrir caminho na vida por suas próprias forças e energias. -- A Ciência do Bom Viver, 375 (1905). As necessidades da mãe não devem ser negligenciadas MCP1 133 1 As necessidades físicas da mãe não devem de modo algum ser negligenciadas. Dela dependem duas vidas, e seus desejos devem ser bondosamente considerados, supridas generosamente suas necessidades. Mas neste tempo, mais que em qualquer outro, tanto no regime alimentar como em tudo mais, deve evitar qualquer coisa que possa enfraquecer-lhe o vigor físico e mental. Pelo próprio mandamento de Deus, ela se encontra na mais solene obrigação de exercer domínio sobre si mesma. -- A Ciência do Bom Viver, 373 (1905). A responsabilidade da esposa MCP1 133 2 As mulheres que têm princípios e que são bem instruídas, não se afastarão da simplicidade do regime alimentar nessa ocasião [da gravidez] mais do que em todas as outras. Considerarão que outra vida está dependendo delas, e serão cuidadosas em todos os seus hábitos, e especialmente no regime alimentar. -- Testimonies for the Church 2:382 (1870). A inocente prole sofrerá MCP1 133 3 Crianças enfermiças nascem por causa da satisfação do apetite por parte dos pais. O organismo não requeria a variedade de alimento em que demoravam o pensamento. Por isso que uma vez na mente, deve ir também para o estômago, é grande erro que as mulheres cristãs devem rejeitar. Não devem permitir que a imaginação controle as necessidades do organismo. Os que permitem que o paladar domine, sofrerão a pena da transgressão das leis de seu ser. E o assunto não termina aqui: sua inocente prole também será sofredora. -- Testimonies for the Church 2:383 (1870). MCP1 133 4 Aconselhadores imprudentes insistirão com a mãe a que satisfaça todo desejo e impulso, como sendo essencial ao bem-estar de sua prole. Esse conselho é falso e daninho. Pelo mandamento do próprio Deus a mãe é posta sob a mais solene obrigação de exercer domínio próprio. A que voz devemos atender: a voz da sabedoria divina ou a voz da superstição humana? -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902. As mães grávidas devem formar hábitos de abnegação MCP1 134 1 A mãe que é hábil professora de seus filhos deve, antes de seu nascimento, formar hábitos de abnegação e domínio próprio; pois transmite-lhes suas próprias qualidades, seus próprios traços de caráter, fortes ou fracos. O inimigo das almas compreende esta questão muito melhor do que o fazem muitos pais. Trará ele tentações à mãe, sabendo que, se não resistir a ele, pode por meio dela afetar seu filho. A única esperança da mãe está em Deus. A Ele pode ela recorrer, em busca de graça e força. Não buscará auxílio em vão. Habilitá-la-á a transmitir a sua prole qualidades que os ajudarão a alcançar êxito nesta vida e a ganhar a vida eterna. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 209. Base do caráter reto MCP1 134 2 A base de um caráter reto no futuro homem é firmada nos hábitos de estrita temperança da parte da mãe antes do nascimento do filho. ... Esta lição não deve ser considerada com indiferença. -- The Gospel Herald, Fevereiro 1880; O Lar Adventista, 258. A raça humana geme sob o peso de desgraças acumuladas MCP1 134 3 A raça humana geme sob o peso de acumuladas desgraças, por causa dos pecados de gerações anteriores. E todavia, mal tendo um pensamento ou cuidado, os homens e mulheres da geração presente condescendem com a intemperança, cultivando a glutonaria e a bebedice, deixando assim, como legado para a geração seguinte, a enfermidade, intelecto enfraquecido e moral poluída. -- Testimonies for the Church 4:31 (1876). Desejos ardentes e insaciáveis, transmitidos aos filhos MCP1 134 4 Pai e mãe transmitem aos filhos seus característicos, mentais e físicos, e suas disposições e apetites. ... Bebedores e fumantes podem transmitir a seus filhos seu insaciável desejo, seu sangue inflamado e nervos irritáveis; e efetivamente o fazem. O libertino muitas vezes lega à prole, como herança, os seus desejos impuros, e mesmo moléstias repugnantes. E, como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o tiveram os pais, a tendência é para que cada geração decaia mais e mais. -- Patriarcas e Profetas, 561 (1890). MCP1 135 1 Em regra, todo homem intemperante que cria filhos, transmite suas inclinações e más tendências a sua prole. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882; Temperança, 170. A vida pré-natal de Sansão, regulada por Deus MCP1 135 2 As palavras dirigidas à esposa de Manoá encerram uma verdade que as mães de hoje fariam bem em estudar. Falando àquela mãe, falou o Senhor a todas as mães ansiosas e tristes daquele tempo, e a todas as mães das gerações sucessivas. Sim, toda mãe pode compreender seu dever. Pode ela saber que o caráter dos filhos dependerá muito mais dos hábitos dela antes de nascerem, e dos seus esforços pessoais após seu nascimento, do que de vantagens ou desvantagens externas. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 218. MCP1 135 3 Deus tinha uma obra importante para o prometido filho de Manoá, e era para assegurar-lhe as habilitações necessárias para essa obra, que os hábitos, tanto da mãe como do filho, deviam ser tão cuidadosamente regulados. ... A criança será afetada para bem ou para mal pelos hábitos da mãe. Ela própria precisa ser controlada por princípios, e exercer temperança e abnegação, se quer o bem-estar do filho. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 38 (1890); Temperança, 90. Envolvidos os pais, assim como as mães MCP1 135 4 Os pais, bem como as mães, são incluídos nesta responsabilidade, e eles também devem buscar fervorosamente a graça divina, a fim de que sua influência seja de molde a poder ser aprovada por Deus. A indagação de todo pai e toda mãe deve ser: "Como se há de criar o menino?" Juízes 13:12. Muitos têm considerado levianamente o efeito da influência pré-natal; mas a instrução enviada do Céu àqueles pais hebreus, e repetida da maneira mais explícita e solene, mostra como é a questão considerada pelo Criador. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1902. O molde dos pais dado aos filhos MCP1 136 1 Pais... por condescendência têm fortalecido suas paixões animais. E à medida que estas se fortaleceram, enfraqueceram-se as faculdades morais e intelectuais. O espiritual foi vencido pelo animalesco. Nascem crianças com propensões animalescas grandemente desenvolvidas, tendo-lhes sido dada a marca do caráter dos pais. ... O poder cerebral acha-se enfraquecido, e a memória torna-se deficiente. ... Os pecados dos pais se vingarão nos filhos, porque os pais lhes transmitiram a marca de suas propensões concupiscentes. -- Testimonies for the Church 2:391 (1870). Satanás procura degradar a mente MCP1 136 2 Foi-me mostrado que Satanás procura degradar a mente dos que se unem em matrimônio, a fim de que ele possa imprimir sua própria imagem odiosa em seus filhos. ... MCP1 136 3 Ele pode moldar a posteridade muito mais de pronto do que o poderia fazer com os pais, pois ele pode controlar a mente dos pais de tal modo que por meio deles ele possa dar sua própria marca de caráter aos filhos. Assim, muitas crianças nascem com as propensões animalescas grandemente em ascendência, enquanto as faculdades morais se desenvolvem debilmente. -- Testimonies for the Church 2:480 (1870). A razão deve controlar quanto ao número de filhos MCP1 136 4 Os que acrescentam o número de seus filhos, quando, se consultassem a razão, deveriam saber que a fraqueza física e mental tem de ser a sua herança, são transgressores dos últimos seis preceitos da lei de Deus. ... Eles fazem sua parte em acrescentar a degenerescência da raça humana, e no imergir a sociedade mais baixo, prejudicando assim seus semelhantes. Se Deus assim considera os direitos do próximo, não tem Ele cuidado quanto à relação mais estreita e mais sagrada? Se nem uma andorinha cai em terra sem que Ele o note, não se aperceberá das crianças nascidas no mundo, física e mentalmente enfermas, sofrendo em maior ou menor grau, toda a sua vida? Não chamará a contas os pais, aos quais deu a faculdade do raciocínio, por colocarem essas faculdades superiores para trás, e tornarem-se escravos da paixão quando, em resultado disso, gerações terão de levar sobre si o estigma de suas deficiências físicas, mentais e morais? -- Healthful Living (Parte 2), 30 (1865); Mensagens Escolhidas 2:424. Transmite-se energia diminuída MCP1 137 1 Homens e mulheres que se tornaram doentios e cheios de enfermidades, muitas vezes em suas ligações matrimoniais têm pensado egoistamente só em sua própria felicidade. Não têm considerado seriamente o assunto do ponto de vista de princípios nobres, elevados, raciocinando com relação ao que podiam esperar de seus descendentes: nada senão diminuída energia física e mental, que não elevaria a sociedade, antes imergi-la-ia ainda mais baixo. -- Healthful Living (Parte 2), 28 (1865); Mensagens Escolhidas 2:423. Doenças transmitidas de geração em geração MCP1 137 2 Homens doentios têm muitas vezes conquistado a afeição de mulheres aparentemente sadias, e porque se amavam, sentiram-se em perfeita liberdade de casar. ... Se apenas os que entram assim nas relações matrimoniais fossem afetados, o pecado não seria tão grande. Seus descendentes são forçados a ser sofredores por doença transmitida. E assim se tem perpetuado a doença de geração em geração. ... Lançaram sobre a sociedade uma raça enfraquecida, e fizeram sua parte para a deterioração da raça humana mediante o tornar a doença hereditária, acumulando assim os sofrimentos do homem. -- Healthful Living (Parte 2), 28 (1865); Mensagens Escolhidas 2:423. Diferença na idade, um fator MCP1 138 1 Outra causa da deficiência da geração atual em resistência física e valor moral é se unirem homens e mulheres em casamento com idades muito diferentes. ... Os rebentos de tais uniões, em muitos casos em que as idades diferem grandemente, não possuem mente bem equilibrada. Têm sido também deficientes em resistência física. Em famílias assim têm-se freqüentemente manifestado traços de caráter variados, peculiares, e muitas vezes penosos. Morrem muitas vezes prematuramente, e os que chegam à maturidade, são em muitos casos deficientes em força física e mental, bem como em valor moral. MCP1 138 2 Dessa maneira tem sido lançada ao mundo uma classe de seres como carga para a sociedade. Seus pais foram responsáveis em alto grau pelo caráter desenvolvido por seus filhos, o qual é transmitido de geração a geração. -- Healthful Living (Parte 2), 29, 30 (1865); Mensagens Escolhidas 2:423, 424. Deus nos considera responsáveis pela negligência pré-natal MCP1 138 3 As mulheres nem sempre têm seguido os ditames da razão, em vez de ao impulso. Não têm sentido em alto grau as responsabilidades que sobre elas impendem, para formar ligações tais que não haveriam de imprimir em seus descendentes um baixo nível moral, e uma paixão para satisfazer apetites depravados, à custa da saúde, e mesmo da vida. Deus as considerará responsáveis em alto grau pela saúde física e caráter moral assim transmitido às gerações futuras. ... MCP1 138 4 Muitíssimos dessa classe se casaram, e deixaram por herança a seus descendentes as manchas de sua própria debilidade física e costumes depravados. A satisfação das paixões animalescas, a grosseira sensualidade, têm sido os assinalados característicos de sua posteridade, descendo de geração em geração, aumentando a um terrível grau a miséria humana, e apressando a depreciação da raça. -- Healthful Living (Parte 2), 27, 28 (1865); Mensagens Escolhidas 2:422, 423. Os pais provêm o equipamento vital dos filhos MCP1 138 5 O que são os pais, em grande parte hão de ser os filhos. As condições físicas dos pais, suas disposições e apetites, suas tendências morais e mentais são, em maior ou menor grau, reproduzidas em seus filhos. -- A Ciência do Bom Viver, 371 (1905). Os pais moldam a sociedade e o futuro MCP1 139 1 Quanto mais nobres os objetivos, mais elevados os dotes mentais e espirituais, e mais desenvolvidas as faculdades físicas dos pais, mais bem aparelhados para a vida se encontrarão os filhos. Cultivando a parte melhor de si mesmos, os pais exercem influência no moldar a sociedade e erguer as gerações futuras. ... MCP1 139 2 Mediante a condescendência com o apetite e a paixão desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar estas tentações. Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal. MCP1 139 3 A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 371, 372 (1905). Pais têm dado aos filhos seu próprio molde de caráter MCP1 139 4 Pais têm dado aos filhos seu próprio molde de caráter; e se alguns traços são indevidamente desenvolvidos em um dos filhos, e outro revela um traço de caráter desagradável, quem deve ser paciente, longânimo e bondoso como os pais? Quem como eles se deve empenhar por cultivar nos filhos as preciosas graças de caráter reveladas em Cristo Jesus? MCP1 139 5 As mães não apreciam nem pela metade seus privilégios e possibilidades. Parece não compreenderem que podem ser, no mais alto sentido, missionárias, cooperadoras de Deus em ajudar os filhos a formar um caráter simétrico. Este é o grande encargo da obra que Deus lhes dá. A mãe é o agente de Deus para cristianizar sua família. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. Responsabilidade dos pais quanto à influência pré-natal MCP1 140 1 O primeiro grande objetivo a ser atingido na educação dos filhos é uma sã constituição, que prepare em grande maneira o caminho para a educação mental e moral. A saúde física e moral se acham estreitamente unidas. Que enorme peso de responsabilidade repousa sobre os pais, quando consideramos que a direção por eles seguida, antes do nascimento dos filhos, tem muito que ver com o desenvolvimento do caráter deles depois do nascimento. -- Healthful Living (Parte 2), 32 (1865); Mensagens Escolhidas 2:426. Que fazer, a respeito MCP1 140 2 Podem os pais ter transmitido aos filhos tendências... que tornarão mais difícil a obra de ensinar e educar esses filhos de modo a serem estritamente temperantes e ter hábitos puros e virtuosos. Se o desejo de alimento insalubre e estimulante e narcóticos, lhes foi pelos pais transmitido como legado, que responsabilidade tremendamente solene repousa sobre os pais, para anular as más tendências que deram aos filhos! Quão fervorosa e diligentemente devem os pais empenhar-se em cumprir seu dever, com fé e esperança, para com sua infeliz prole! -- Testimonies for the Church 3:567, 568 (1875). Dia de ajuste de contas dos pais MCP1 140 3 Qual não será a cena quando pais e filhos se encontrarem no final ajuste de contas! Milhares de filhos que têm sido escravos do apetite e de vícios aviltantes, e cuja vida é uma ruína moral, colocar-se-ão face a face diante dos pais que fizeram deles o que são. Quem, a não ser os pais, terá de arcar com essa terrível responsabilidade? Foi o Senhor que corrompeu esses jovens? -- Oh, não! Quem, então, realizou essa terrível obra? Os pecados dos pais não foram transmitidos aos filhos em apetites pervertidos e paixões? E não foi completada a obra pelos que negligenciaram educá-los segundo a norma dada por Deus? Tão certo como eles existem, todos esses pais serão examinados na presença de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 76, 77 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 140, 141. Necessário mais do que sabedoria humana MCP1 141 1 Os pais devem lembrar que os filhos hão de enfrentar... tentações. Mesmo antes do nascimento da criança, deve começar o preparo que a habilitará a combater com êxito na luta contra o mal. -- A Ciência do Bom Viver, 371 (1905). Ditosos aqueles cuja vida reflete a divina MCP1 141 2 Ditosos os pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da divina, de modo que as promessas e mandamentos de Deus despertem na criança gratidão e reverência; os pais cuja ternura, justiça e longanimidade representam para a criança a longanimidade, a justiça e o amor de Deus; e que, ao ensinarem o filho a amá-los, a neles confiar e obedecer-lhes, estão ensinando-o a amar o Pai do Céu, a nEle confiar e obedecer-Lhe. Os pais que comunicam ao filho semelhante dom, dotam-no com um tesouro mais precioso que a riqueza de todos os séculos -- um tesouro perdurável como a eternidade. -- A Ciência do Bom Viver, 375, 376 (1905). ------------------------Capítulo 17 -- Hereditariedade e ambiente O poder da hereditariedade MCP1 142 1 Considerai o poder da hereditariedade, a influência das más companhias e do ambiente, a força dos maus hábitos. Podemos nós admirar-nos de que, sob tais influências, muitos se degradem? Podemos admirar que sejam tardios em corresponder aos nossos esforços pelo seu erguimento? -- A Ciência do Bom Viver, 168 (1905). Filhos herdam muitas vezes as disposições MCP1 142 2 Em regra, os filhos herdam as disposições e tendências dos pais, e imitam-lhes o exemplo, de modo que os pecados dos pais são praticados pelos filhos de geração em geração. Assim a vileza e irreverência de Cão foram reproduzidas em sua posteridade, acarretando-lhes maldição por muitas gerações. ... MCP1 142 3 De outro lado, quão ricamente galardoado foi o respeito de Sem para com o pai, e que ilustre estirpe de homens santos aparece em sua posteridade! -- Patriarcas e Profetas, 118 (1890). As mães devem informar-se quanto às leis da hereditariedade MCP1 142 4 Houvessem as mães das gerações passadas se informado quanto às leis de seu corpo, haveriam compreendido que sua resistência constitucional, bem como o tono moral, e suas faculdades mentais, haveriam de ser em grande medida apresentados em seus descendentes. Sua ignorância a respeito desse assunto, em que tanto se acha envolvido, é criminosa. -- Healthful Living (Parte 2), 37 (1865); Mensagens Escolhidas 2:431. Doenças transmitidas de pais para filhos MCP1 143 1 Através de sucessivas gerações desde a queda, a tendência tem sido continuadamente para o declínio. Enfermidades têm sido transmitidas de pais a filhos, geração após geração. Até mesmo as criancinhas de berço sofrem doenças causadas pelos pecados dos pais. MCP1 143 2 Moisés, o primeiro historiador, dá-nos um bem definido relato da vida social e individual nos primeiros tempos da história do mundo, mas não encontramos qualquer registro de que uma criança tenha nascido cega, surda, paraplégica ou imbecil. Nenhum exemplo é relatado de morte natural na infância, meninice ou adolescência. ... Era tão raro alguém morrer antes do pai, que tal ocorrência foi considerada digna de registro: "E morreu Arã, ... estando Terá, seu pai ainda vivo." Os patriarcas, de Adão a Noé, com poucas exceções, viveram aproximadamente mil anos. Desde então a média de longevidade tem decrescido. MCP1 143 3 Ao tempo do primeiro advento de Cristo, a raça tinha já se degenerado de tal maneira que não somente os idosos, mas também os de meia-idade e os jovens, eram levados de todas as cidades para que o Salvador lhes curasse as enfermidades. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 7, 8 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 117, 118. As crianças devem evitar os maus hábitos dos pais MCP1 143 4 A moléstia nunca vem sem causa. O caminho é preparado, e a doença convidada, pela desconsideração para com as leis da saúde. Muitos sofrem em conseqüência da transgressão dos pais. Conquanto não sejam responsáveis pelo que os pais fizeram, é no entanto seu dever procurar verificar o que é e o que não é violação das leis da saúde. Devem evitar os hábitos errôneos dos pais, e mediante um viver correto, colocar-se em melhores condições. -- A Ciência do Bom Viver, 234 (1905). Pecados dos antepassados enchem de doenças o mundo MCP1 144 1 Nossos antepassados legaram-nos costumes e apetites que estão enchendo o mundo de doenças. Os pecados dos pais, através de desejos pervertidos, são, com poder assustador, visitados sobre os filhos até a terceira e quarta geração. A maneira incorreta de alimentar-se, de muitas gerações, a glutonaria e os hábitos de condescendência própria das pessoas, estão enchendo as casas de misericórdia, as prisões e os hospícios. A intemperança, a ingestão de chá, café, vinho, cerveja, rum e conhaque, e o uso do fumo, ópio e outros narcóticos têm resultado em grande degeneração física e mental, e esta degenerescência está em constante crescimento. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 49. Sede de estimulantes herdada MCP1 144 2 Para algumas pessoas de modo algum é seguro ter em casa vinho ou sidra [vinho de maçãs]. Herdaram a sede dos estimulantes, com que Satanás continuamente lhes solicita que condescendam. Se cedem às suas tentações, eles não se detêm; o apetite clama por condescendência, e é satisfeito, para ruína sua. O cérebro torna-se entorpecido e anuviado; a razão não mais mantém as rédeas, que são depostas ao lado da concupiscência. -- Testimonies for the Church 5:356, 357 (1885). Os males do fumo transmitidos aos filhos MCP1 144 3 Entre as crianças e os jovens, o uso do fumo está operando indizível dano. As práticas contrárias à saúde, das gerações passadas, afetam as crianças e a juventude de hoje. A incapacidade mental, a fraqueza física, os descontrolados nervos e os apetites contrários à natureza, são transmitidos como legado de pais aos filhos. E as mesmas práticas, continuadas pelos filhos, vão crescendo e perpetuando os maus resultados. A isto se deve, em não pequena escala, a decadência física, mental e moral que se está tornando tão grande causa de alarme. -- A Ciência do Bom Viver, 328, 329 (1905). Os filhos herdam inclinações MCP1 144 4 Os filhos herdam as inclinações para o mal, mas têm também muitos traços amáveis de caráter. Estes devem ser fortalecidos e aperfeiçoados, ao passo que as tendências para o mal devem ser cuidadosamente combatidas e reprimidas. As crianças não devem nunca ser aduladas, pois a adulação é para elas veneno; os pais devem, porém, mostrar para com elas uma afeição terna e santificada, ganhando-lhes assim a confiança e o amor. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1907. Palavras apropriadas de elogio MCP1 145 1 Sempre que a mãe possa dizer uma palavra de elogio aos filhos por motivo de sua boa conduta, deve ela dizê-la. Deve encorajá-los por palavras de aprovação e olhares expressivos de amor. Essas serão ao coração de uma criança como a luz do Sol, e levarão ao cultivo do respeito próprio e ao brio de caráter. -- Testimonies for the Church 3:532 (1889). Temperamento irascível às vezes herdado MCP1 145 2 A alguns tem sido transmitido um temperamento irascível, e sua educação na infância não lhes ensinou o domínio próprio. A esse temperamento fogoso, freqüentemente se unem a inveja e o ciúme. -- Testimonies for the Church 2:74 (1868). Satanás aproveita-se das fraquezas herdadas MCP1 145 3 Em nossa própria força, é-nos impossível escapar aos clamores de nossa natureza caída. Satanás trar-nos-á tentações por esse lado. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária, e, por suas falsas insinuações, enredar todos cuja confiança não se firma em Deus. E, passando pelo terreno que devemos atravessar, nosso Senhor preparou-nos o caminho para a vitória. Não é de Sua vontade que fiquemos desvantajosamente colocados no conflito com Satanás. ... "Tende bom ânimo", diz Ele, "Eu venci o mundo." João 16:33. -- O Desejado de Todas as Nações, 122, 123 (1898). A conversão muda as tendências herdadas MCP1 145 4 A genuína conversão muda hereditárias e cultivadas tendências para o mal. A religião de Deus é qual tecido compacto, composto de inumeráveis fios e entretecidos com tato e habilidade. Unicamente a sabedoria que vem de Deus pode tornar completo esse tecido. Há grande variedade de tecidos que, à primeira vista, parecem ótimos, mas não resistem ao teste. Desbotam. As cores não são firmes. Sob o calor do verão elas desbotam e desaparecem. O tecido não suporta um manuseio rude. -- Carta 105, 1893; The S.D.A. Bible Commentary 6:1101. Não se deixar escravizar pela herança MCP1 146 1 A questão que devemos considerar é: Temos nós os atributos de Cristo? Escusas de nada valem. Todas as circunstâncias, todos os apetites e paixões devem ser servos do homem que teme a Deus e não governadores seus. Não deve o cristão ser escravizado por quaisquer hábitos ou tendências hereditários ou cultivados. -- Special Testimonies, Série A, 9:56 (1897); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 421. Os anjos ajudam a combater essas tendências MCP1 146 2 Os anjos estão sempre presentes onde mais são necessitados. Eles estão com os que têm as mais árduas batalhas a ferir, com os que têm de combater contra a inclinação e as tendências hereditárias, cujo ambiente doméstico é o mais desanimador. -- The Review and Herald, 16 de Abril de 1895; MVH, 303. A fé purifica imperfeições herdadas MCP1 146 3 Os que, mediante uma inteligente compreensão das Escrituras, têm visão certa da cruz, os que na verdade crêem em Jesus, têm alicerce seguro para sua fé. Possuem aquela fé que opera por amor e purifica a alma de todas as suas imperfeições, hereditárias e cultivadas. -- Testimonies for the Church 6:238 (1900). Extensos efeitos do ambiente MCP1 146 4 Vivemos numa atmosfera de satânico encantamento. O inimigo tecerá uma fascinação de licenciosidade em torno de toda alma que não se ache entrincheirada na graça de Cristo. Tentações virão; se vigiarmos contra o inimigo, porém, e mantivermos o equilíbrio do domínio próprio e pureza, os espíritos sedutores não exercerão influência sobre nós. Os que nada fazem para animar a tentação, terão forças para resistir-lhe quando ela vier; aqueles, porém, que se mantêm na atmosfera do mal, só terão que se censurar a si mesmos, caso sejam vencidos e caiam de sua firmeza. Hão de ver-se, futuramente, boas razões para as advertências dadas contra os espíritos sedutores. Então, ver-se-á o poder das palavras de Cristo: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:48. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 257 (1913), [no inglês]. As filhas de Ló arruinadas pelo mau ambiente MCP1 147 1 Apenas pouco tempo habitou Ló em Zoar. A iniqüidade prevalecia ali como em Sodoma, e ele temeu ficar, pelo receio de ser destruída a cidade. Não muito tempo depois Zoar foi consumida, conforme fora o intuito de Deus. Ló encaminhou-se para as montanhas e habitou em uma caverna, despojado de tudo aquilo por amor de que ousara sujeitar sua família às influências de uma cidade ímpia. Mas a maldição de Sodoma seguiu-o mesmo ali. A conduta pecaminosa de suas filhas foi o resultado das más associações naquele vil lugar. A corrupção moral se entretecera de tal maneira com o caráter delas que não podiam discernir entre o bem e o mal. A única posteridade de Ló, os moabitas e amonitas, foram tribos vis, idólatras, rebeldes a Deus, e inimigos figadais de Seu povo. -- Patriarcas e Profetas, 167, 168 (1890). Fugi de más associações MCP1 147 2 Poucos há que reconhecem a importância de evitar, quanto possível, todas as associações desamigas da vida religiosa. Ao escolher seu ambiente, poucos dão a sua prosperidade espiritual a primeira consideração. MCP1 147 3 Pais, com a família, afluem às cidades porque na sua fantasia pensam ser mais fácil ganhar o pão ali, do que no campo. Os filhos, não tendo nada que fazer quando não estão na escola, obtêm a educação da rua. Das más associações contraem hábitos de vício e dissipação. Os pais vêem tudo isso; mas requereria um sacrifício corrigir seu erro, e assim deixam-se ficar onde estão, até que Satanás ganhe controle completo sobre seus filhos. É melhor sacrificar toda e qualquer consideração mundana, do que pôr em perigo as preciosas almas confiadas ao vosso cuidado. -- Testimonies for the Church 5:232 (1882). Vivamos numa atmosfera celeste MCP1 148 1 Precisamos ser guiados pela genuína teologia e o bom senso. Nossa alma necessita estar rodeada pela atmosfera do Céu. Homens e mulheres devem vigiar-se a si mesmos; estar de contínuo em guarda, não permitindo palavra ou ação que venha fazer com que seja vituperado o seu bem. Romanos 14:16. O que professa ser seguidor de Cristo tem de vigiar-se a si mesmo, conservando-se puro e incontaminado em pensamento, palavra e ação. Sua influência sobre os outros deve ser de molde a elevar. Sua vida deve refletir os brilhantes raios do Sol da Justiça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 257, 258 (1913), [no inglês]. As tendências moldam o destino MCP1 148 2 Muito cedo na vida tornam-se os filhos suscetíveis às influências corruptoras, mas pais que professam ser cristãos, parecem não discernir o mal de sua própria maneira de governar. Oh, se eles reconhecessem que a direção que estão dando à criança, em seus primeiros anos, imprime certa tendência ao caráter, e forma o destino tanto para a vida eterna como para a morte eterna! As crianças são suscetíveis às impressões morais e espirituais. E os que são sabiamente ensinados na meninice podem errar às vezes, mas não irão muito longe. -- The Signs of the Times, 16 de Abril de 1896; Orientação da Criança, 198. Os pais, em grande medida responsáveis MCP1 148 3 Os pais são, em grande medida, responsáveis pelo molde que o caráter dos filhos recebe. Devem ter em mira a simetria e a proporção. Existem poucas mentes bem equilibradas porque os pais são impiamente negligentes de seu dever de estimular os traços fracos e reprimir os maus. Não se lembram de que estão sob a soleníssima obrigação de vigiar as tendências de cada um dos filhos, que é dever seu educar os filhos em hábitos corretos e corretas maneiras de pensar. -- Testimonies for the Church 5:319 (1885). Começar na infância MCP1 149 1 A obra dos pais deve começar com a criança na infância, para que ela possa receber o cunho certo de caráter antes que o mundo coloque sua marca na mente e no coração. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881; Orientação da Criança, 193. A importância dos primeiros três anos de vida MCP1 149 2 Mães, estai certas de que disciplinais devidamente vossos filhos durante os seus três primeiros anos de vida. Não lhes permitais formar suas vontades e desejos. A mãe deve ser mente para os filhos. Os três primeiros anos são o tempo para vergar o pequenino rebento. As mães devem compreender a importância desse período. É aí que é posto o fundamento. -- Manuscrito 64, 1899; Orientação da Criança, 194. Os primeiros sete anos têm muito que ver com a formação do caráter MCP1 149 3 Não se pode acentuar demasiado a importância da educação ministrada à criança em seus primeiros anos. As lições que a criança aprende durante os primeiros sete anos de vida têm mais que ver com a formação de seu caráter, do que tudo que ela aprenda em anos posteriores. -- Manuscrito 2, 1903; Orientação da Criança, 193. As primeiras lições raramente são esquecidas MCP1 149 4 Nem as crianças, nem os bebês, nem os jovens devem ouvir uma palavra impaciente do pai, da mãe, ou de qualquer membro da família; pois muito cedo na vida recebem as impressões, e aquilo que os pais deles fazem hoje, serão eles amanhã, e no dia seguinte, e no imediato. As primeiras lições impressas na criança, raras vezes são esquecidas. MCP1 149 5 As impressões feitas no coração, no princípio da vida, são vistas em anos posteriores. Podem estar sepultadas, mas raras vezes serão obliteradas. -- Manuscrito 57, 1897; Orientação da Criança, 193, 194. Desenvolvimento físico precoce MCP1 149 6 Nos primeiros seis ou sete anos da vida de uma criança, deve-se dar atenção especial ao seu preparo físico, mais do que ao intelectual. Depois desse período, se for boa a constituição física, deve receber atenção a educação de ambos os aspectos. A infância estende-se até à idade de seis ou sete anos. Até essa idade, as crianças devem ser deixadas como pequeninos cordeiros, a andar em volta da casa, e no quintal, vivos e espertos, correndo e saltando, livres de cuidados e preocupações. MCP1 150 1 Os pais, especialmente as mães, devem ser os únicos mestres desses espíritos infantis. Não os devem educar por livros. As crianças geralmente são curiosas por aprender as coisas da Natureza. Fazem perguntas acerca das coisas que vêem e ouvem, e devem os pais aproveitar a oportunidade de instruir, e responder com paciência a suas pequenas indagações. Poderão deste modo alcançar vantagem sobre o inimigo, fortalecendo o espírito dos filhos, mediante o semear-lhes no coração a boa semente, sem deixar espaço para a semente má criar raízes. As amorosas instruções maternas às crianças em tenra idade, é o que elas precisam para a formação do caráter. -- Healthful Living (parte 2), 44; Mensagens Escolhidas 2:437. Cuidado especial do primogênito MCP1 150 2 O primeiro filho, especialmente, deve ser educado com grande cuidado, pois ele educará os restantes. As crianças crescem segundo a influência daqueles que os rodeiam. Se são tratadas pelos que são barulhentos e violentos, tornam-se barulhentas e quase insuportáveis. -- Manuscrito 64, 1899; Orientação da Criança, 27. Ambiente diferente para crianças diferentes MCP1 150 3 Há algumas crianças que necessitam, mais do que outras, de disciplina paciente e benévolo ensino. Receberam como legado traços de caráter não promissores, e por causa disto necessitam de mais simpatia e amor. Mediante trabalho perseverante esses transviados podem preparar-se para um lugar na causa do Mestre. Podem possuir faculdades não desenvolvidas, as quais, sendo despertadas, habilitá-los-ão para preencher lugares muito antes do que aqueles de quem mais se esperou. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 115, 116 (1913), [no inglês]. Os hábitos raramente se mudam na vida posterior MCP1 150 4 O que a criança vê e ouve, produz impressões profundas na mente tenra, que nenhuma circunstância posterior da vida poderá desfazer completamente. O intelecto está agora tomando forma e os afetos recebendo direção e força. Atos repetidos em dado sentido tornam-se hábitos. Estes podem ser modificados por uma educação severa, na vida posterior, mas raras vezes são mudados. -- Good Health, Janeiro 1880; Orientação da Criança, 199, 200. Influência curativa da bondade MCP1 151 1 Sob a influência da mansidão, bondade e brandura, cria-se uma atmosfera que curará, e não destruirá. -- Carta 320, 1906; MVH, 152. ------------------------Capítulo 18 -- Segurança no lar O amor humano deve derivar do amor divino MCP1 152 1 Só em Cristo é que se pode com segurança entrar para a aliança matrimonial. O amor humano deve fazer derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta. -- A Ciência do Bom Viver, 358 (1905). Alcançar o ideal de Deus MCP1 152 2 Homens e mulheres podem atingir o ideal de Deus a seu respeito, se tomarem a Cristo como seu ajudador. O que a sabedoria humana não pode fazer, Sua graça realizará pelos que a Ele se entregarem em amorosa confiança. Sua providência pode unir corações com laços de origem celestial. O amor não será mera troca de suaves e lisonjeiras palavras. O tear do Céu tece com trama e urdidura mais fina, não obstante mais firme, do que se pode tecer nos teares da Terra. O resultado não é um tecido débil, mas sim capaz de resistir a fadigas e provas. Coração unir-se-á a coração nos áureos vínculos de um amor que é perdurável. -- A Ciência do Bom Viver, 362 (1905). Pesem todo sentimento, ao contemplar o casamento MCP1 152 3 Pesem, os que pretendem casar-se, todo sentimento e observem todas as modalidades de caráter naquele com quem desejam unir o destino de sua vida. Seja todo passo em direção da aliança matrimonial, caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade e o sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O matrimônio afeta a vida futura, tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. -- A Ciência do Bom Viver, 359 (1905). A verdadeira união é obra de anos MCP1 153 1 Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no matrimônio, poucos casais se encontram completamente unidos ao realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em matrimônio é obra dos anos subseqüentes. -- A Ciência do Bom Viver, 359, 360 (1905). Desaparece a imaginação romântica MCP1 153 2 Ao enfrentar o recém-casado par a vida com sua carga de perplexidade e cuidado, desaparece o romance com o qual tantas vezes a imaginação reveste o matrimônio. Marido e mulher ficam conhecendo mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em sua associação anterior. É este um período assaz crítico de sua vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura depende de seguirem agora o procedimento devido. Muitas vezes descobrem no outro fraquezas e defeitos insuspeitados; mas os corações que o amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas. Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que determina aquilo que o outro nos revelará. MCP1 153 3 Muitos há que consideram a expressão de amor como uma fraqueza, e mantêm uma reserva que repele os outros. Este espírito detém a corrente de simpatia. Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. -- A Ciência do Bom Viver, 360 (1905). O amor estimula a propósitos mais nobres MCP1 154 1 Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. Cultive aquilo que tem em si de mais nobre, e esteja pronto a reconhecer as boas qualidades do outro. É admirável estímulo e satisfação saber alguém que é estimado. A simpatia e o respeito animam na luta em busca da perfeição, e o próprio amor cresce à medida que estimula a propósitos mais nobres. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). Não imergir a individualidade MCP1 154 2 Nem o marido nem a esposa deve imergir sua individualidade na do outro. Cada qual tem uma relação pessoal para com Deus; e a Ele cada um deve perguntar: "Que é direito?" "Que não é direito?" "Como posso cumprir melhor o propósito de minha vida?" Que a abundância de vosso afeto flua para Aquele que deu a vida por vós. Fazei com que Cristo seja o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Ao aprofundar-se e fortalecer-se vosso amor para com Ele, vosso recíproco amor será purificado e fortalecido. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). MCP1 154 3 Temos uma individualidade nossa própria, e a individualidade da esposa não deve nunca imergir na do esposo. Deus é nosso Criador. Somos dEle por criação, e dEle somos pela redenção. Precisamos cuidar de quanto podemos restituir a Deus, porque Ele nos dá o poder moral, dá-nos a eficiência, dá-nos o intelecto; e Ele deseja que façamos o melhor possível dessas preciosas dádivas, para glória de Seu nome. -- Manuscrito 12, 1895. Submissão completa, só a Jesus MCP1 154 4 Deus requer que a esposa conserve o Seu temor e a Sua glória sempre diante de si. Total submissão, só a nosso Senhor Jesus Cristo, que a comprou como Sua própria filha, pelo infinito preço de Sua vida. ... Sua individualidade não pode ser submersa na do marido, pois ela é a aquisição de Cristo. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 116. MCP1 154 5 Não abrigar o pensamento de que a união foi um erro. -- Embora possam surgir dificuldades, perplexidades e descoroçoamentos, nem o marido nem a esposa abrigue o pensamento de que sua união é um erro ou uma decepção. Resolva cada qual ser para o outro tudo que é possível. Continuai as primeiras atenções. De todos os modos, anime um ao outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do outro. Haja amor mútuo, mútua paciência. Então, o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que o seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 360 (1905). O relacionamento controlado pela razão MCP1 155 1 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, resguardada por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. Considerarão cuidadosamente o resultado de cada um dos privilégios concedidos pela relação matrimonial. Esses terão a convicção de que seus filhos são preciosas jóias, por Deus confiados a sua guarda, para removerem de sua natureza as arestas, mediante a disciplina, a fim de que apareça seu brilho. Sentir-se-ão sob a mais solene obrigação de formar seu caráter de modo que possam fazer o bem em sua vida, abençoando aos outros com a luz que possuem, e o mundo seja melhor por nele terem vivido, e eles sejam afinal habilitados para a vida superior, para o mundo melhor, brilhando para sempre na presença de Deus e do Cordeiro. -- Healthful Living (Parte 2), 48 (1865). Uma família bem organizada MCP1 155 2 A firma da família deve ser bem organizada. O pai e a mãe, juntamente, devem considerar suas responsabilidades. Juntos devem trabalhar pelo mais alto bem dos filhos. Não deve haver divergência entre eles. Não devem nunca, na presença dos filhos, criticar mutuamente seus planos, ou pôr em dúvida o juízo do consorte. Se a esposa é inexperiente, deve ela procurar descobrir onde o seu trabalho dificulta a atuação do marido, ao esforçar-se ele pela salvação dos filhos. E o marido deve erguer as mãos da esposa, dando-lhe sábios conselhos e amorável animação. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1902. Os pais devem governar-se a si mesmos MCP1 156 1 Para governar com êxito a família, devem os pais primeiro governar-se a si mesmos. Se querem que no lar só haja palavras agradáveis, devem deixar que os filhos só ouçam, de seus lábios, palavras aprazíveis. A semeadura da semente produzirá colheita semelhante. Os pais têm a executar uma solene, sagrada obra, na educação dos filhos, por preceito e pelo exemplo. Estão sob obrigação diante de Deus, de apresentar-Lhe os filhos habilitados para, muito cedo na vida, receber um inteligente conhecimento acerca do que se acha compreendido em ser seguidor de Jesus Cristo. Se os que alegam ser cristãos bíblicos têm filhos que não amam nem temem a Deus, na maioria dos casos é porque o exemplo dos pais não foi correto. Semearam-se sementes falsas, espúrias, que produziram uma colheita de cardos e espinhos. -- Manuscrito 59, 1900. Palavras e sorrisos amáveis para a família MCP1 156 2 Não é somente nosso privilégio, mas dever, cultivar a brandura, ter a paz de Cristo no coração e, como pacificadores e seguidores de Cristo, semear preciosa semente que produza uma colheita para a vida eterna. Professos seguidores de Cristo podem possuir muitas qualidades boas e úteis; mas seu caráter é grandemente desfigurado por um temperamento descortês, impaciente, crítico, áspero em julgar. O marido ou a esposa que nutre suspeita e desconfiança, suscita dissensões e contendas no lar. Nenhum deles deve guardar suas palavras e sorrisos amáveis para os estranhos apenas, e manifestar irritabilidade no lar, afugentando assim a paz e o contentamento. -- Carta 34, 1894; Nossa Alta Vocação, 177. Evitar linguagem vulgar MCP1 156 3 Pais e mães, maridos e esposas, rogo-vos que não contemporizeis com pensamentos baixos e linguagem vulgar. Ditos grosseiros, gracejos maliciosos, falta de cortesia na vida doméstica, farão impressão sobre vós, e se repetidos freqüentemente, tornar-se-ão segunda natureza. O lar é lugar sagrado demais para ser poluído com vulgaridade, sensualidade e recriminações. Há uma Testemunha que declara: "Conheço as tuas obras." Que o amor, a verdade, a bondade, e longanimidade sejam as plantas cultivadas no jardim do coração. -- Carta 18b, 1891. Nunca manifesteis rudeza ou falta de bondade MCP1 157 1 Nunca manifestais rudeza, falta de bondade e cortesia no círculo familiar? Se manifestais falta de bondade em vosso lar, não importa quão alta possa ser vossa profissão de fé, estais quebrando os mandamentos de Deus. -- The Review and Herald, 29 de Março de 1892. Os amigos não devem intrometer-se na vida doméstica (conselho a um jovem) MCP1 157 2 O círculo doméstico deve ser considerado lugar sagrado, símbolo do Céu, espelho para nele nos refletirmos. Amigos e conhecidos que tenhamos, não devem intrometer-se na vida doméstica. Deve-se sentir uma forte impressão de propriedade, conferindo uma sensação de sossego, repouso, confiança. MCP1 157 3 Mas sua associação com outras mulheres e meninas têm sido para elas uma fonte de tentação, levando-as a tomar liberdades e transpor as restrições que a relação matrimonial impõem a todo homem e mulher. Você não o percebeu, talvez, mas seu amor às diversões e o espírito que tem animado, não impressionou aos outros com a santidade do relacionamento matrimonial. MCP1 157 4 A vida doméstica prática é o grande teste do caráter. Por sua terna consideração no lar, pelo exercício de paciência, bondade e amor, o homem determina o seu caráter. -- Carta 17, 1895. Esposas anseiam por palavras de amor MCP1 157 5 Muitas mulheres anseiam por palavras de amor e bondade, e das atenções e cortesias comuns que lhes são devidas, da parte dos maridos, que as escolheram como companheiras vitalícias. Quanto dissabor e que onda de dor e infelicidade se poupariam se os homens, assim como as mulheres, continuassem a cultivar o respeito, as atenções e as bondosas palavras de apreço e pequeninos favores que mantinham vivo o amor, e que eles sentiam ser necessários para ganhar a companheira de sua escolha. MCP1 158 1 Se tão-somente marido e esposa continuassem a cultivar essas atenções que alimentam o amor, seriam felizes na companhia mútua e teriam sobre a família uma influência santificadora. Teriam em si mesmos um pequenino mundo de felicidade, e não desejariam sair desse ambiente em busca de novas atrações e novos objetos de amor. Muita esposa já enfermou e morreu prematuramente pela falta de animadoras palavras de simpatia e amor, traduzidas em bondosas atenções e em palavras. -- Carta 27, 1872. O marido pode cerrar a porta à doença MCP1 158 2 Deve o marido manifestar grande interesse em sua família. Deve especialmente ser muito terno quanto aos sentimentos de uma esposa débil. Ele pode cerrar a porta a muitas doenças. Palavras bondosas, prazenteiras e animadoras se demonstrarão muito mais eficazes do que os mais benéficos remédios. Elas trarão ânimo ao coração abatido e desanimado, e a felicidade e alegria trazidos à família por atos de bondade e palavras encorajadoras recompensam dez vezes o esforço. MCP1 158 3 Deve o marido lembrar-se de que grande parte do encargo de educar seus filhos recai sobre a mãe, que ela tem muito que ver com a formação de seu espírito. Isto deve chamar a exercício seus mais ternos sentimentos, e cuidadosamente deve ele aliviar-lhe a carga. Deve animá-la a apoiar-se em suas amplas afeições, e dirigir-lhe a mente para o Céu, onde há força e paz, e afinal o repouso para o cansado. MCP1 158 4 Não deve ele voltar ao lar com sobrecenho cerrado, mas com sua presença trazer alegria à família, e animar a esposa a olhar para cima e crer em Deus. Unidos, podem eles reclamar as promessas de Deus e trazer para a família Suas ricas bênçãos. A aspereza, o espírito de queixa e a ira afastam Jesus da habitação. Vi que os anjos de Deus fogem de uma casa onde haja palavras desagradáveis, impaciência e contenda. -- Testimonies for the Church 1:306, 307 (1862). O marido, cabeça da família MCP1 159 1 O marido e pai é a cabeça da família. A esposa espera dele amor e interesse, bem como auxílio na educação dos filhos, e isso é justo. Os filhos pertencem-lhe, da mesma forma que a ela, e sua felicidade igualmente o interessa. Os filhos esperam do pai apoio e guia; cumpre-lhe ter justa concepção da vida, e das influências e associações que devem rodear a família; ele deve ser regido, acima de tudo, pelo amor e temor de Deus, e pelos ensinos de Sua Palavra, a fim de lhe ser possível guiar os pés dos filhos no caminho reto. -- A Ciência do Bom Viver, 390 (1905). A esposa uma "auxiliadora" do marido MCP1 159 2 O próprio Deus deu a Adão uma companheira. Proveu-lhe uma "auxiliadora" -- ajudadora que lhe correspondesse -- a qual estava em condições de ser sua companheira, e que poderia ser um com ele, em amor e simpatia. Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como seu igual, e ser amada e protegida por ele. Como parte do homem, osso de seus ossos, e carne de sua carne, era ela o seu segundo eu, mostrando isto a íntima união e apego afetivo que deve existir nessa relação. -- Patriarcas e Profetas, 46 (1890). Como criar paz no círculo familiar MCP1 159 3 Quando o marido tem a nobreza de caráter, a pureza de coração, a elevação de espírito que deve possuir todo verdadeiro cristão, isso será manifesto na relação matrimonial. ... Ele procurará conservar a esposa com boa saúde e ânimo. Esforçar-se-á por falar palavras de conforto, criar uma atmosfera de paz no círculo familiar. -- Manuscrito 17, 1891; O Lar Adventista, 228. MCP1 160 1 Devem os maridos estudar o padrão e procurar o que significa, pelo símbolo representado em Efésios, a relação de Cristo para com a igreja. O marido deve ser como um Salvador em sua família. Mantém-se ele na nobre varonilidade que Deus lhe deu, sempre procurando exaltar a esposa e os filhos? Cria em torno de si uma atmosfera pura e suave? Se não deseja cultivar tão assiduamente o amor de Jesus, tornando-o um princípio permanente em sua vida, como gostaria de firmar sua pretensão de autoridade? -- Manuscrito 17, 1891; O Lar Adventista, 117. Exercer autoridade com humildade MCP1 160 2 Não é evidência de varonilidade demorar-se o esposo constantemente no fato de ser a cabeça da família. Não se lhe acrescenta respeito ser ouvido a citar as Escrituras a fim de sustentar seus reclamos de autoridade. Ele não se faz mais varonil por exigir da esposa, a mãe de seus filhos, que aceite os seus planos como se fossem infalíveis. MCP1 160 3 O Senhor pôs o esposo como cabeça da esposa para ser seu protetor; ele é o laço de união da família, unindo os membros entre si, da mesma forma como Cristo é a cabeça da igreja e o Salvador do corpo místico. Que cada esposo que sustenta amar a Deus estude cuidadosamente os reclamos de Deus no que respeita a sua posição. A autoridade de Cristo é exercida com sabedoria, com toda a bondade e mansidão; assim exerça o esposo seu poder e imite a grande Cabeça da igreja. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 215. Ajude a esposa de bom grado o marido a manter dignidade MCP1 160 4 Foi-me também mostrado que há muitas vezes uma grande falha por parte da esposa. Ela não envida decididos esforços para controlar seu próprio espírito e tornar feliz o lar. Há muitas vezes irritabilidade e desnecessárias queixas da parte dela. O marido volta para casa, de seu trabalho, cansado e perplexo, e depara um sobrecenho cerrado em vez de palavras animosas, encorajadoras. Ele não é mais que humano, e suas afeições se afastam da esposa; ele perde o amor ao lar, sua vereda se ensombra, e destrói-se-lhe o ânimo. Ele desiste do respeito próprio e daquela dignidade que Deus requer ele mantenha. MCP1 161 1 O marido é a cabeça da família, como Cristo é a cabeça da igreja; e qualquer procedimento que a esposa possa seguir para lhe diminuir a influência e levá-lo a descer dessa dignificada e responsável posição, desagrada a Deus. É dever da esposa ceder seus desejos e vontade aos do marido. Ambos devem estar dispostos a ceder, mas a Palavra de Deus dá preferência ao juízo do marido. E não depõe contra a dignidade da esposa, ceder em favor daquele que ela escolheu para ser seu conselheiro, seu consultor e protetor. O marido deve manter sua posição na família com toda a mansidão, todavia decididamente. -- Testimonies for the Church 1:307, 308 (1862). O homem, ser sociável MCP1 161 2 Entre todas as criaturas que Deus fez sobre a Terra, não havia uma igual ao homem. E disse "Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea". Gênesis 2:18. O homem não foi feito para habitar na solidão; ele deveria ser um ente social. Sem companhia, as belas cenas e deleitosas ocupações do Éden teriam deixado de proporcionar perfeita felicidade. Mesmo a comunhão com os anjos não poderia satisfazer seu desejo de simpatia e companhia. Ninguém havia da mesma natureza para amar e ser amado. -- Patriarcas e Profetas, 46 (1890). A harmonia doméstica só é possível mediante o espírito de Deus MCP1 161 3 Precisamos ter o Espírito de Deus, ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá contudo que seja escrava, mas companheira do marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor da esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um símbolo do Céu. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 118. O círculo íntimo tem a primazia MCP1 162 1 Todas as nossas faculdades devem ser usadas para Cristo. Esta é a dívida que devemos a Deus. Ao formarmos um relacionamento com Cristo, o homem renovado está apenas retornando ao relacionamento com Deus que lhe foi designado. É ele representante de Cristo, e deve sempre orar e vigiar em oração. Seus deveres estão ao seu redor, perto e longe. Seu primeiro dever é para com os filhos e seus parentes mais próximos. Coisa alguma o poderá escusar de ser negligente para com o círculo íntimo, em benefício do círculo maior, mais distante. MCP1 162 2 No dia do ajuste final, será exigido dos pais e mães que respondam por seus filhos. A pais se perguntará o que fizeram e disseram para assegurar a salvação das almas para cuja vinda ao mundo assumiram a responsabilidade. Negligenciaram eles seus cordeiros, deixando-os aos cuidados de estranhos? Pais e mães, estais deixando que vossos filhos se desenvolvam na impureza e no pecado? Uma grande soma de bem, feita pelos outros, não cancelará a dívida que tendes para com Deus, de cuidar de vossos filhos. O bem-estar de vossa família vem primeiro. Levai-os convosco para junto da cruz do Calvário, trabalhando em seu favor como aqueles que hão de dar conta deles. -- Manuscrito 56, 1899. ------------------------Capítulo 19 -- Influências dos pais Controlados por princípios divinos MCP1 163 1 Recai sobre os pais a soleníssima obrigação de educar os filhos no temor e amor de Deus. No lar deve ser preservada a mais pura moral. Deve ser ensinada estrita obediência ao que requer a Bíblia. Os ensinamentos da Palavra de Deus devem controlar a mente e o coração para que a vida doméstica demonstre o poder da graça de Deus. Cada membro da família deve ser lavrado "como colunas de palácio" (Salmos 144:12) pelos princípios e preceitos divinos. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Os pais devem compreender os filhos MCP1 163 2 Não devem os pais esquecer seus anos da infância, de quanto ansiavam pela simpatia e amor e quão infelizes se sentiam quando censurados com ralhos impacientes. Deviam voltar à infância em seus sentimentos, e baixar o pensamento à compreensão das necessidades dos filhos. Todavia devem, com firmeza combinada com amor, exigir de seus filhos obediência. A palavra dos pais deve ser obedecida implicitamente. -- Testimonies for the Church 1:388 (1863). Deus preparou uma vereda MCP1 164 1 Anjos de Deus estão observando as crianças com o mais profundo interesse, para ver que espécie de caráter estão formando. Se Cristo tratasse conosco tal qual nós muitas vezes nos tratamos uns aos outros e com nossos filhos, haveríamos de tropeçar e cair em completo desânimo. Vi que Jesus conhece nossas debilidades, e participou Ele mesmo de nossa experiência em todas as coisas exceto no pecado; por isso nos preparou uma vereda adaptada a nossa força e capacidade e, como Jacó, tem marchado brandamente e em uniformidade com as crianças, segundo suportavam, para que pudesse entreter-nos com o conforto de Sua companhia e ser-nos um guia perpétuo. Ele não despreza nem negligencia ou deixa atrás as crianças do rebanho. Não nos ordenou a marchar e deixá-las atrás. Não andou tão apressadamente que nos deixasse atrás com os nossos filhos. Oh, não! Ele nivelou a vereda da vida, mesmo às crianças. E os pais são solicitados a, em Seu nome, guiá-los ao longo da estreita vereda. Deus nos designou um trilho adaptado à força e capacidade das crianças. -- Testimonies for the Church 1:388, 389 (1863). A irritação deve ser reprimida MCP1 164 2 Pais, quando vos sentis irritados, não deveis cometer o grave pecado de envenenar a família toda com essa perigosa irritabilidade. Nessas ocasiões, ponde uma guarda dupla sobre vós mesmos e resolvei de coração não ofender com os lábios, e só proferir palavras agradáveis e animosas. Dizei a vós mesmos: "Não macularei a felicidade de meus filhos por uma palavra irritada." Assim vos controlando a vós mesmos, tornar-vos-eis mais fortes. Vosso sistema nervoso não será tão sensível. Fortalecer-vos-eis pelos princípios retos. A consciência de que estais cumprindo fielmente vosso dever fortalecer-vos-á. Anjos de Deus aprovarão vossos esforços e vos ajudarão. MCP1 164 3 Quando vos sentis impacientes, muitas vezes pensais que a causa esteja em vossos filhos, e os culpais, quando isso não merecem. Em outra ocasião podem fazer exatamente as mesmas coisas, e tudo acharíeis aceitável e certo. As crianças conhecem, e marcam e sentem essas irregularidades, e eles não são sempre os mesmos. Às vezes estão um tanto preparados para defrontar modos mutáveis, e em outras ocasiões estão nervosos e irritados, e não suportam censuras. ... MCP1 165 1 Existem pais de temperamento nervoso, e quando fatigados pelo trabalho ou opressos de cuidados, não conservam um estado de espírito calmo, e manifestam aos que lhes deviam ser os mais queridos na Terra, uma irritação e falta de paciência que desagrada a Deus e traz uma nuvem sobre o lar. As crianças, em sua inquietação, devem muitas vezes ser acalmadas mediante terna simpatia. A bondade e a paciência mútuas tornarão o lar um paraíso e atrairão santos anjos para o círculo familiar. -- Testimonies for the Church 1:386, 387 (1863). Mente de pais paralisada MCP1 165 2 Temos algum conhecimento da maneira em que Satanás trabalha e de como ele alcança êxito. Como me foi mostrado, ele paralisa a mente de pais. São lerdos em suspeitar que seus próprios filhos possam estar em erro e pecado. Alguns desses filhos professam ser cristãos, e os pais continuam modorrando, sem temer o perigo, enquanto a mente e o corpo dos filhos se está tornando um destroço. MCP1 165 3 Há pais que nem mesmo tomam o cuidado de ter os filhos com eles, quando na casa de Deus. Meninas assistem às reuniões e tomam assento, às vezes com os pais, mas mais freqüentemente nos últimos bancos. Têm o hábito de achar uma escusa para saírem. Rapazes percebem isso e saem antes ou depois das meninas, e então, terminada a reunião, acompanham-nas para a casa delas. Nem por isso os pais se tornam mais prudentes. Mais, apresentam desculpas para passear, e rapazes e meninas reúnem-se nas praças ou outros locais ermos, e ali brincam e têm um tempo vivamente divertido, sem nenhuns olhos experientes a vigiá-los e adverti-los. -- Testimonies for the Church 2:481, 482 (1870). Regime e influência dos pais MCP1 165 4 Se os pais tivessem vivido segundo as leis da saúde, satisfazendo-se com um regime simples, muita despesa se haveria poupado. O pai não teria sido obrigado a trabalhar além de suas forças a fim de suprir as necessidades da família. Um regime simples e nutritivo não teria tido o efeito de excitar indevidamente o sistema nervoso e as paixões animalescas, causando lerdeza e irritabilidade. Se ele tivesse tomado apenas alimento simples, teria tido o cérebro claro, os nervos estáveis, o estômago em estado sadio, e tendo assim puro o organismo, não teria tido falta de apetite, e a geração atual estaria em muito melhores condições do que se acha agora. MCP1 166 1 Mas mesmo agora, neste período tardio, algo se pode fazer para melhorar nossa situação. É necessária a temperança em todas as coisas. O pai temperante não se queixará se não há na mesa grande variedade. A maneira saudável de viver melhorará as condições da família em todos os sentidos, e permitirá à esposa e mãe tempo para dedicar aos filhos. MCP1 166 2 A grande preocupação dos pais será quanto à maneira de melhor educar os filhos para serem úteis neste mundo, e para o Céu depois. Contentar-se-ão com ver os filhos trajando vestidos asseados, simples, mas confortáveis, livres de bordados e enfeites. Esforçar-se-ão fervorosamente por ver os filhos possuírem aquele adorno interior, o ornamento de um espírito manso e quieto, que à vista de Deus é de grande preço. -- Healthful Living (Parte 2), 45 (1865); Mensagens Escolhidas 2:437, 438. O pai, laço de união da família MCP1 166 3 O pai cristão é o laço de união da família, ligando-os junto ao trono de Deus. Nunca deve descair o seu interesse nos filhos. O pai cuja família seja composta de meninos não deve deixar esses inquietos meninos ao inteiro cuidado da mãe. Isso é uma carga demasiado pesada para ela. Deve ele tornar-se-lhe companheiro e amigo. Deve aplicar-se a mantê-los afastados de companheiros maus. Pode ser difícil, para a mãe, exercer o domínio próprio. Se o esposo percebe que a fraqueza da esposa põe em perigo a segurança dos filhos, deve ele tomar sobre si mais dos encargos dela, fazendo tudo que esteja em seu poder para encaminhar a Deus os filhos. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1902. Mães não devem buscar excitamento MCP1 167 1 As mães que têm espírito jovial a educar ainda, e o caráter dos filhos a formar, não devem buscar o excitamento do mundo, a fim de ser animosas e felizes. Têm uma importante obra vitalícia, e elas e os seus não podem correr o risco de gastar tempo de maneira inútil. O tempo é um dos importantes talentos que Deus nos confiou, e pelo qual Ele nos chamará a contas. Desperdício de tempo é desperdício de intelecto. As faculdades da mente são suscetíveis de alto cultivo. É dever das mães cultivar a mente e conservar puro o coração. Devem aproveitar todos os recursos ao seu alcance para aproveitamento intelectual e moral, a fim de que sejam qualificadas para melhorar a mente dos filhos. MCP1 167 2 Os que condescendem com a disposição de sempre ter companhia, logo se sentirão desassossegados a menos que visitem ou entretenham visitas. Esses não têm o poder de adaptação às circunstâncias. Os necessários e sagrados deveres domésticos parecem-lhes desinteressante lugar comum. Não lhes agradam o exame e a disciplina de si mesmos. Sua mente tem fome das mutáveis, excitantes cenas da vida mundana; as crianças são negligenciadas por amor da condescendência com as inclinações; e o anjo registrador escreve: "Servos inúteis." Deus deseja que nossa mente não fique sem propósito, mas realize o bem nesta vida. -- Testimonies for the Church 3:146, 147 (1872). Mães lactantes devem conservar-se em estado feliz MCP1 167 3 Também o caráter da criança é mais ou menos afetado pela natureza do nutrimento que recebe da mãe. Quão importante então que a mãe, no período da amamentação, preserve um feliz estado mental, controlando perfeitamente seu espírito. Em assim fazendo, o alimento da criança não fica prejudicado; e o procedimento calmo e seguro da mãe no cuidado do filho tem muito que ver em modelar-lhe o caráter. Se a criança é nervosa e facilmente agitável, a conduta cuidadosa, tranqüila da mãe terá uma influência suavizante e controladora, e a saúde do infante será muito melhorada. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1899; Conselhos Sobre Saúde, 80. A mãe deve procurar ter domínio próprio MCP1 168 1 Quanto mais sossegada e simples for a vida da criança, mais favorável será, tanto para seu desenvolvimento físico como mental. A mãe deve buscar estar, em todas as ocasiões, serena, calma, e na inteira posse de si mesma. Muitas crianças são em extremo suscetíveis a excitações nervosas, e a maneira suave, sossegada da mãe terá influência calmante, que será de inapreciável benefício sobre elas. -- A Ciência do Bom Viver, 381 (1905). Crianças sensíveis não devem ser feridas pela indiferença MCP1 168 2 As crianças amam a companhia. Em geral, não apreciam estar sozinhas, e a mãe deve entender que, na maioria dos casos, o lugar de seus filhos, quando estão em casa, é o aposento onde ela está. Pode então tê-los sob suas vistas e estar preparada para ajustar pequenas diferenças, quando para ela apelam, e corrigir hábitos maus, ou a manifestação de egoísmo ou paixão, e pode dar-lhes ao espírito a direção certa. Aquilo de que as crianças gostam, pensam elas que há de agradar a mãe, e é perfeitamente natural que consultem a mãe em pequeninas questões que as fazem perplexas. MCP1 168 3 E não deve a mãe ferir o coração de seu sensível filhinho tratando com indiferença o assunto, ou recusando-se a ser incomodada com coisas assim pequenas. Aquilo que pode ser pequeno para a mãe, para ele é grande. E uma palavra de orientação, ou aviso, na ocasião oportuna, muitas vezes se demonstrará de grande valor. Um olhar de aprovação, uma palavra de animação e louvor por parte da mãe, muitas vezes lhes deixa no jovem coração um raio de sol o dia inteiro. -- Healthful Living (Parte 2), 46, 47 (1865); Mensagens Escolhidas 2:438, 439. Tratar ternamente com os pequenos MCP1 169 1 Mães, tratai ternamente com vossos pequenos. Cristo foi uma vez criancinha. Por Seu amor honrai as crianças. Velai sobre elas como um sagrado encargo, não para que sejam favorecidas, mimadas e idolatradas, mas para serem ensinadas a viver vida nobre e pura. Elas são propriedade de Deus; Ele as ama, e vos chama para que coopereis com Ele ajudando-as a formarem caráter perfeito. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899; O Lar Adventista, 280. Tua filhinha é propriedade de Deus MCP1 169 2 Minha irmã, podes surpreender-te de que tua filha tenha pequena confiança na palavra da mãe? Ensinaste-lhe a ser falsa; e ao Senhor dói ver um dos Seus pequeninos conduzido pela mãe a um caminho errado. Tua filha não é propriedade tua; não podes lidar com ela a teu bel-prazer, pois é propriedade do Senhor. Exerce sobre ela um constante e perseverante controle; ensina-lhe que ela pertence a Deus. Com semelhante educação ela crescerá para ser uma bênção aos que a rodeiam. Mas será necessário claro, agudo discernimento para poderes reprimir tua tendência de dominar e fazer prevalecer sempre tua vontade e maneiras, e agindo como bem te apraz. -- Carta 69, 1896. Disposição jovial e temperamento aprazível MCP1 169 3 Ensinai vossos filhos desde o berço a praticar a renúncia e o domínio próprio. Ensinai-os a gozar as belezas da Natureza, e com ocupação útil exercer todas as faculdades do espírito e do corpo. Criai-os de modo a terem constituição sadia e boa moral, a terem disposição jovial e temperamento aprazível. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resistir a ela é nobre e varonil. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 127 (1913), [no inglês]. As mães são um exemplo MCP1 169 4 Se as mães querem que as filhas cheguem à idade adulta com corpo sadio e caráter virtuoso, têm de, em sua própria vida, dar o exemplo, guardando-as das modas prejudiciais à saúde, desta época. As mães cristãs têm a pesar sobre si uma responsabilidade de que não se apercebem. Deveriam educar os filhos de maneira a terem princípios firmes e saúde moral, neste século corrupto. -- Manuscrito 76, 1900. Quando o desejo da criança é lei MCP1 170 1 Famílias há em que o desejo da criança é lei. Tudo que ela deseja, dá-se-lhe. Tudo de que não gosta, é animada a não gostar. Supõe-se que a condescendência faça feliz a criança, mas tão-somente a torna desassossegada e descontente. A condescendência estragou-lhe o apetite de alimentos simples e saudáveis, e do simples uso de seu tempo; a satisfação própria realizou a obra de alterar-lhe o caráter para o tempo e a eternidade. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. Satanás procura controlar a mente das crianças MCP1 170 2 Pais, sabeis algo dos incentivos pelos quais Satanás tenta levar vossos filhos à insensatez. Ele opera com todo o seu poder para desencaminhá-los. Com uma decisão da qual muitos nem suspeitam, procura ele tomar-lhes o controle da mente e tornar os mandamentos divinos de nenhum efeito em sua vida. -- Manuscrito 93, 1909. Os pais devem aconchegar ao coração os filhos MCP1 170 3 Não permitais que os filhos vos vejam de sobrecenho cerrado. Se cederem à tentação e depois reconhecerem o erro e dele se arrependerem, perdoai-lhes tão liberalmente como esperais ser perdoados por vosso Pai celestial. Bondosamente instruí-os e ligai-os ao vosso coração. É tempo crítico para as crianças. Ao redor delas serão lançadas influências para desapegá-las de vós, às quais tereis que vos opor. Ensinai-os a fazer de vós seus confidentes. Deixai-os segredar-vos ao ouvido suas provas e alegrias. Estimulando isto, salvá-los-eis de muita cilada que Satanás preparou para seus inexperientes pés. MCP1 170 4 Não trateis vossos filhos somente com severidade, esquecidos de vossa própria infância e deslembrados de que são apenas crianças. Não espereis que sejam perfeitos nem procureis fazer deles imediatamente homens e mulheres amadurecidos. Assim fazendo fechareis a porta de acesso a eles, a qual de outro modo teríeis, e os impelireis a abrir uma porta conducente a influências malfazejas, para outros envenenarem sua jovem mente, antes que desperteis para ver o perigo que correm. -- Testimonies for the Church 1:387 (1863). Disciplina forte, equilibrada MCP1 171 1 A felicidade de toda criança pode ser assegurada por disciplina forte, equilibrada. As graças mais legítimas consistem na modéstia e obediência -- em ouvidos atentos para ouvir as palavras de orientação, pés e mãos dispostos a andar e trabalhar na vereda do dever. E a verdadeira bondade da criança terá sua própria recompensa, mesmo nesta vida. MCP1 171 2 Os anos da infância são a ocasião oportuna para o processo da educação, não só para que a criança se torne muito útil e cheia de graça e verdade nesta vida, mas que possa assegurar-se o lugar preparado no lar celestial, para todos os fiéis e obedientes. Em nossa própria educação de filhos, e na educação de crianças alheias, temos provado que nunca amam menos os pais e tutores porque esses os impedem de praticar o mal. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. A disposição singularmente amável de Jesus MCP1 171 3 Jesus revelava, como criança, uma disposição singularmente amável. Aquelas mãos cheias de boa vontade estavam sempre prontas para servir a outros. Manifestava uma paciência que coisa alguma conseguia perturbar, e uma veracidade nunca disposta a sacrificar a integridade. Firme como a rocha em questões de princípios, Sua vida revelava a graça da abnegada cortesia. MCP1 171 4 Com profunda solicitude observava a mãe de Jesus o desenvolvimento das faculdades da Criança, e contemplava o cunho de perfeição em Seu caráter. Era com deleite que procurava animar aquele espírito inteligente, de fácil apreensão. Por meio do Espírito Santo recebia sabedoria para cooperar com os instrumentos celestiais, no desenvolvimento dessa Criança que só tinha a Deus por Pai. -- O Desejado de Todas as Nações, 68, 69 (1898). A pré-ocupação da mente exclui pensamentos indignos MCP1 172 1 Educai as faculdades e o gosto de vossos queridos; procurai ocupar-lhes a mente, para que não haja lugar para pensamentos ou condescendências baixos e degradantes. A graça de Cristo é o único antídoto ou preventivo contra o mal. Se quiserdes, podeis escolher se a mente de vossos filhos se ocupará com pensamentos puros e não corrompidos ou com os males que existem em toda parte -- o orgulho e o esquecimento de seu Redentor. -- Carta 27, 1890; Orientação da Criança, 188. Circundados por um muro não fácil de derribar MCP1 172 2 Todo lar cristão deve ter regras; e os pais devem, nas palavras e no comportamento mútuos, dar aos filhos um precioso e vivo exemplo do que eles anseiam eles sejam. Pureza de linguagem e real cortesia cristã devem ser constantes. Não haja incentivo ao pecado, nada de suspeitas malignas ou difamações. 1 Timóteo 6:4. MCP1 172 3 Ensinai as crianças e os jovens a respeitarem-se a si mesmos, a serem fiéis a Deus, fiéis aos princípios; ensinai-os a respeitar e obedecer à lei de Deus. Assim esses princípios lhes controlarão a vida e serão por eles levados para sua associação com outros. Amarão ao próximo como a si mesmos. Criarão uma atmosfera pura, a qual terá a influência de animar almas débeis a andar na vereda que conduz à santidade e ao Céu. Seja cada lição de caráter enobrecedor, alevantado, e os registros feitos nos livros do Céu serão de molde a não vos terdes de envergonhar do encontro no juízo final. MCP1 172 4 Crianças que recebam esta espécie de instrução não serão um fardo, uma causa de ansiedade em nossas instituições [educacionais, médicas, publicadoras, etc.]; ao contrário, serão uma força, um apoio aos que arcam com responsabilidades. Estarão preparados para preencher cargos de confiança, e por preceito e exemplo estarão constantemente ajudando outros a proceder corretamente. Aqueles cujas sensibilidades morais não tiverem sido embotadas, apreciarão os princípios retos e os praticarão. Terão em justa estima os seus dons, e farão o melhor uso possível de suas faculdades físicas, mentais e morais. MCP1 173 1 Essas almas são constantemente fortalecidas contra a tentação; são circundadas por um muro que não será derribado facilmente. Todas essas pessoas são, com a bênção de Deus, portadores de luz; sua influência tende a erguer outros a uma vida cristã prática. A mente pode enobrecer-se de tal modo que pensamentos e contemplações divinos vêm a ser naturais como a respiração. -- Carta 74, 1896. ------------------------Capítulo 20 -- O ambiente doméstico O ambiente doméstico afeta a sociedade MCP1 174 1 O coração da comunidade, da igreja e da nação, é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja, a prosperidade da nação, dependem das influências domésticas. -- A Ciência do Bom Viver, 349 (1905). Eficazes instrumentos para a formação do caráter MCP1 174 2 Deus intenciona que as famílias da Terra sejam um símbolo da família do Céu. Lares cristãos, fundados e conduzidos de acordo com o plano de Deus, acham-se entre os mais eficazes instrumentos na formação do caráter cristão e para o progresso de Sua causa. -- Testimonies for the Church 6:430 (1900). Culto doméstico MCP1 174 3 Tive pais piedosos que procuravam por todos os meios familiarizar-nos com o nosso Pai celestial. Cada manhã e cada noitinha tínhamos oração em família. Cantávamos no lar os louvores de Deus. Havia em casa oito filhos, e nossos pais aproveitavam toda oportunidade para levar-nos a entregar o coração a Jesus. -- Manuscrito 80, 1903. Quanto maior a união, maior a influência MCP1 174 4 Quanto mais intimamente são unidos os membros da família em sua obra no lar, tanto mais de molde a elevar e auxiliar será a influência que pais, mães, filhos e filhas exercerão fora dele. -- Carta 189, 1903; O Lar Adventista, 37. Autoridade com firmeza MCP1 175 1 A autoridade deve ser mantida mediante firme severidade, ou será recebida por muitos com zombaria e desdém. A chamada tolerância, lisonja e condescendência, usadas para com a juventude por pais e responsáveis, é um dos piores males que lhes pode sobrevir. Em toda família, firmeza, decisão, exigências positivas, são essenciais. -- Profetas e Reis, 236 (1917). O lar, uma lição objetiva MCP1 175 2 Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do Céu. Conservem pais e filhos em mente este fato cada dia, mantendo entre si relações de membros da família de Deus. Então sua vida será de tal natureza que dará ao mundo uma lição objetiva do que podem ser famílias que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Cristo será glorificado; Sua paz, graça e amor impregnarão o círculo da família como precioso perfume. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896; O Lar Adventista, 17. O princípio da paz MCP1 175 3 Não há espírito irritável no lar se Cristo representa o princípio da paz exercido em vossa alma. Não há descortesia ali. Não existe ali rudeza ou falar áspero. Por quê? Porque nós cremos e demonstramos ser membros da Família Real, filhos do Celeste Rei, ligados a Jesus Cristo pelo mais forte laço de amor -- aquele amor que opera pela fé e purifica a alma. Amais a Jesus e estais constantemente entregues à obra de vencer todo o egoísmo e ser uma bênção, e conforto, e força e apoio às almas que Ele adquiriu com Seu sangue. MCP1 175 4 Não vejo razão por que não devêssemos empenhar-nos em trazer a paz de Cristo diretamente a nossa família, com mais fervor do que em trabalhar pelos que não têm viva relação conosco; mas se temos religião no lar, ela se estenderá para fora do lar. Tê-la-eis por toda parte. Levá-la-eis convosco para a igreja. Podeis levá-la convosco quando ides ao vosso trabalho. Ficará convosco onde quer que estejais. O que nos falta é religião no lar. O que necessitamos é o princípio da paz que controle nosso espírito e nossa vida e caráter, segundo a vida semelhante à de Cristo, a qual Ele nos deu como exemplo Seu. -- Manuscrito 36, 1891. O amor revelado nas ações MCP1 176 1 De todo lar cristão deve resplandecer uma santa luz. O amor deve revelar-se nas ações. Deve promanar de toda a relação doméstica, mostrando-se em uma bondade meditada, em uma cortesia gentil, abnegada. Há lares em que este princípio é levado a efeito, lares em que Deus é adorado, e em que reina o mais verdadeiro amor. Destes lares as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como orvalho da manhã. -- Patriarcas e Profetas, 144 (1890). O cristianismo no lar irradia por toda a parte MCP1 176 2 O esforço de fazer do lar o que ele deve ser -- um símbolo do lar celeste -- prepara-nos para trabalhar em uma esfera mais ampla. A educação recebida mediante o mostrar terna consideração uns pelos outros, habilita-nos a saber atingir os corações que precisam aprender os princípios da verdadeira religião. A igreja necessita todas as cultivadas energias espirituais que se possam obter, para que todos, e em especial os membros mais novos da família do Senhor, sejam cuidadosamente guardados. A verdade vivida em casa se faz sentir em desinteressado labor lá fora. Aquele que vive o cristianismo no lar, será em toda parte uma luz ardente e resplandecente. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1898; O Lar Adventista, 38, 39. O erguimento da humanidade começa no lar MCP1 176 3 A restauração e erguimento da humanidade começa no lar. A obra dos pais é a base de toda outra obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração "procedem as saídas da vida". Provérbios 4:23. -- A Ciência do Bom Viver, 349 (1905). Coisas que tornam o lar atraente MCP1 177 1 Maneiras gentis, conversa prazenteira, e atos amáveis unirão o coração das crianças a seus pais, pelos sedosos laços da afeição, e farão mais para tornar atraente o lar, do que os mais raros ornamentos que se possam comprar a peso de ouro. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884; MVH, 200. Pureza no lar MCP1 177 2 A ordem é a primeira lei do Céu, e o Senhor deseja que Seu povo ofereça em seus lares uma imagem da ordem e harmonia que predomina nas cortes celestiais. A verdade jamais coloca seus delicados pés no caminho da imundície ou impureza. A verdade não torna os homens e mulheres rústicos nem grosseiros e descuidados. Eleva a todos os que a aceitam a um alto nível. Sob a influência de Cristo, a obra de constante refinamento prossegue. ... MCP1 177 3 Aquele que era tão específico quanto aos filhos de Israel cultivarem hábitos de higiene, não sancionará qualquer impureza nos lares de Seu povo hoje. Deus olha com desagrado para qualquer espécie de impureza. Como podemos convidá-Lo para o nosso lar, a menos que tudo esteja bem arranjado, limpo e asseado? -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1902; Conselhos Sobre Saúde, 101. Localização do lar MCP1 177 4 A melhor de todas as heranças que podeis legar a vossos filhos, é o dom de um corpo sadio, mente sã e caráter nobre. Os que compreendem o que constitui o verdadeiro êxito da vida, serão sábios em boa hora. Ao escolherem um lar, terão em vista os bens mais preciosos da vida. MCP1 177 5 Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da Natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaças das cidades, e aspirai o ar celeste e revigorador. Ide para um lugar onde, separados das diversões e extravagâncias da vida da cidade, possais ser companheiros para vossos filhos, ensinando-os a conhecer a Deus mediante Suas obras, e preparando-os para uma vida íntegra e útil. -- A Ciência do Bom Viver, 366, 367 (1905). Rico mobiliário não faz um lar MCP1 178 1 Quatro paredes e caro mobiliário, tapetes de veludo, elegantes espelhos e finos quadros não fazem um "lar" se a simpatia e amor estão ausentes. A sagrada palavra não pertence às mansões deslumbrantes onde o gozo da vida doméstica é desconhecido. ... MCP1 178 2 Com efeito, o conforto e o bem-estar dos filhos são a última coisa considerada em semelhante lar. Eles são negligenciados pela mãe, cujo tempo é todo devotado para manter a aparência e atender às exigências da sociedade moderna. Sua mente é deseducada; adquirem maus hábitos e tornam-se desassossegados e insatisfeitos. Não encontrando prazer em seu próprio lar, mas apenas desagradáveis restrições, fogem do seio da família tão logo quanto possível. Atiram-se ao grande mundo com pouca relutância, não contidos pela influência do lar e o terno conselho da família. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884; O Lar Adventista, 155. A crítica abre as portas para Satanás MCP1 178 3 Pais e mães, ponde-vos em guarda. Seja vossa conversa no lar agradável e animadora. Falai sempre bondosamente, como se estivésseis na presença de Cristo. Não haja crítica, não haja acusações. Palavras desse teor ferem e magoam a alma. Para os seres humanos é natural falar palavras ásperas. Os que cedem a essa tendência abrem a porta para Satanás entrar-lhes no coração e torná-los ligeiros em relembrar os erros e faltas dos outros. Demora-se a falar sobre seus defeitos, suas deficiências, e proferem-se palavras que levam à falta de confiança em alguém que faz o melhor possível para cumprir seus deveres como cooperador de Deus. Muitas vezes lançam-se sementes de desconfiança porque alguém julga que deveria ter sido favorecido e não o foi. -- Carta 169, 1904. Influência dos defeitos dos pais MCP1 179 1 Parece perfeitamente natural a alguns homens serem mal-humorados, egoístas, exigentes e autoritários. Nunca aprenderam a lição do domínio de si mesmos, e não refrearão seus sentimentos irrazoáveis, sejam as conseqüências quais forem. Esses homens serão recompensados vendo sua companheira doentia, desalentada, e os filhos apresentando as peculiaridades de seus próprios desagradáveis traços de caráter. -- Healthful Living (Parte 2), 36 (1865); Mensagens Escolhidas 2:430. Lares discordantes não atraem anjos MCP1 179 2 Os anjos não são atraídos para o lar em que a discórdia reine suprema. Cessem os pais e mães toda crítica e murmuração. Eduquem os filhos a falarem palavras agradáveis, palavras que exerçam influência benéfica e promovam alegria. Não deveríamos agora mesmo ingressar na escola doméstica como alunos de Cristo? Trazei piedade prática para dentro do lar. Vede então se as palavras que pronunciais não causam alegria. MCP1 179 3 Pais, começai a obra da graça em vossa própria igreja doméstica, conduzindo-vos de modo que os filhos vejam que estais cooperando com os anjos celestiais. Tende certeza de que vos converteis cada dia. Educai-vos e aos filhos para a vida eterna no reino de Deus. Anjos serão vossos fortes auxiliares. Satanás vos tentará, mas não cedais. Não pronuncieis uma só palavra que possa dar vantagem ao inimigo. -- Manuscrito 93, 1901. Apelo em favor de mais hospitalidade nos lares MCP1 179 4 Mesmo entre os que professam ser cristãos, é pouco exercida a verdadeira hospitalidade. Entre nosso próprio povo a oportunidade de mostrar hospitalidade não é considerada como deveria ser, isto é, um privilégio e bênção. Há muito, mas muito pouca sociabilidade, muito pouca disposição para dar lugar a dois ou três mais à mesa familiar, sem constrangimento nem ostentação. Há os que alegam que "é demasiado trabalho". Não o seria, se dissésseis: "Não fizemos nenhum preparo especial, mas vocês são bem-vindos ao que temos." Pelo inesperado hóspede as boas-vindas são apreciadas muito mais do que o mais elaborado preparo. -- Testimonies for the Church 6:343 (1900). Coisas que tornam feliz o lar MCP1 180 1 Voz carinhosa, maneiras gentis, e sincera afeição que encontra expressão em todos os atos juntamente com hábitos industriosos, asseio, economia, fazem até de uma cabana o mais feliz dos lares. O Criador olha para um lar assim com aprovação. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884; O Lar Adventista, 422. Cultivo da verdadeira polidez MCP1 180 2 Há grande necessidade de cultivo do verdadeiro refinamento no lar. Este é poderoso testemunho a favor da verdade. A vulgaridade de linguagem e de maneiras, seja em quem for que apareça, indica coração poluído. A verdade de origem celestial jamais degrada ao que a recebe, jamais o torna grosseiro ou rude. A verdade é de influência abrandadora e refinadora. Quando recebida no coração, torna o jovem respeitoso e polido. A polidez cristã é recebida unicamente sob a operação do Espírito Santo. Ela não consiste em afetação ou refinamento artificial, em mesuras e sorrisos forçados. Esta é a espécie de polidez que os mundanos possuem, mas são destituídos da verdadeira cortesia cristã. MCP1 180 3 A verdadeira cortesia, a polidez verdadeira, só é derivada do conhecimento do evangelho de Cristo. A verdadeira polidez, a cortesia verdadeira, é a bondade mostrada a todos, alto ou baixo, rico ou pobre. -- Manuscrito 74, 1900; O Lar Adventista, 422, 423. ------------------------Capítulo 21 -- O trato de Cristo com a mente Os ensinamentos de Cristo devem ser o guia MCP1 181 1 O ensino de Cristo, assim como Sua compaixão, abrangia o mundo. Jamais poderá haver uma circunstância na vida, um momento crítico na experiência humana, que não tenha sido antecipado em Seu ensino, e para os quais seus princípios não tenham uma lição. Príncipe dos ensinadores, serão Suas palavras reconhecidas como um guia aos Seus cooperadores até o fim do tempo. -- Educação, 81, 82 (1903). Ele se identificava com os interesses de seus ouvintes MCP1 181 2 Ensinava-os de maneira que os fazia sentir quão perfeita era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles. Suas instruções eram tão diretas, tão adequadas Suas ilustrações, Suas palavras tão cheias de simpatia e animação, que os ouvintes ficavam encantados. -- A Ciência do Bom Viver, 24 (1905). Ele compreende as operações ocultas do espírito humano MCP1 181 3 Aquele que pagou infinito preço para remir o homem, lê com infalível exatidão todas as operações ocultas do espírito humano, e sabe justamente como lidar com cada alma. E ao lidar com os homens, manifesta os mesmos princípios que são manifestados no mundo natural. -- Special Testimonies, Série A, 3:17 (1895); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 189, 190. Ele age pela operação calma e regular de leis MCP1 182 1 Deus age pela operação calma e regular das leis que designou. Assim é com as coisas espirituais. Satanás constantemente procura produzir efeitos por meio de arremetidas rudes e violentas; mas Jesus achou acesso às mentes pelo caminho de suas associações mais familiares. Perturbou o menos possível o costumeiro modo de pensar, com ações abruptas ou regras estabelecidas. Honrou ao homem com Sua confiança, colocando-o assim na sua dignidade. Introduziu velhas verdades em nova e preciosa luz. Assim, quando apenas tinha doze anos de idade, surpreendeu os doutores da lei com Suas perguntas no templo. -- Manuscrito 44, 1894; Evangelismo, 190. Sempre circundado por uma atmosfera de paz MCP1 182 2 Sua terna compaixão caía como um toque de saúde nos corações cansados e aflitos. Mesmo entre a turbulência de inimigos furiosos, era circundado por uma atmosfera de paz. A beleza de Seu semblante, a amabilidade de Seu caráter e, sobretudo, o amor expresso no olhar e na voz, atraíam para Ele todos quantos não estavam endurecidos na incredulidade. Não fora o espírito suave, cheio de simpatia, refletindo-se em cada olhar e palavra, e Ele não teria atraído as grandes congregações que atraiu. Os aflitos que iam ter com Ele, sentiam que ligava com os próprios, o interesse deles, como um terno e fiel amigo, e desejavam conhecer mais das verdades que ensinava. O Céu era trazido perto. Anelavam permanecer diante dEle, para terem sempre consigo o conforto de Sua presença. -- O Desejado de Todas as Nações, 254 (1898). Sua vida era equilibrada MCP1 182 3 Em Sua vivência, Jesus de Nazaré diferia de todos os outros homens. Sua vida inteira era caracterizada por desinteressada beneficência e pela beleza da santidade. No Seu íntimo dominava o mais puro amor, livre de toda mancha de egoísmo e pecado. Sua vida era perfeitamente equilibrada. Ele é o único verdadeiro modelo de bondade e perfeição. Desde o começo de Seu ministério, os homens começaram a compreender mais claro o caráter de Deus. MCP1 183 1 Até ao tempo do primeiro advento de Cristo, os homens adoravam deuses cruéis, despóticos. Mesmo a mente dos judeus foi atingida pelo temor em lugar do amor. A missão de Cristo na Terra foi mostrar aos homens que Deus não era um déspota, mas sim um Pai celestial, cheio de amor e misericórdia para com Seus filhos. -- Manuscrito 132, 1902. Ele não era alheio ao calor e animação MCP1 183 2 Muitos há que possuem uma errônea idéia da vida e do caráter de Cristo. Pensam que Ele era destituído de calor e animação, que era sério, áspero, melancólico. Em muitos casos, toda a experiência religiosa recebe dessa maneira de ver um colorido sombrio. -- Conflict and Courage, 120 (1892). Infinitas possibilidades em todo ser humano MCP1 183 3 Em cada ser humano Ele divisava infinitas possibilidades. Via os homens como poderiam ser, transfigurados por Sua graça -- "na graça do Senhor nosso Deus". Salmos 90:17. Olhando para eles com esperança, inspirava-lhes esperança. Encontrando-os com confiança, inspirava-lhes confiança. Revelando em Si mesmo o verdadeiro ideal do homem, despertava para a consecução deste ideal tanto o desejo como a fé. Em Sua presença as almas desprezadas e caídas compreendiam que ainda eram homens, e anelavam mostrar-se dignas de Seu olhar. Em muitos corações que pareciam mortos às coisas santas, despertavam-se novos impulsos. A muito desesperançado abriu-se a possibilidade de uma nova vida. -- Educação, 80 (1903). Seu coração, um manancial de vida MCP1 183 4 Diz-se muitas vezes que Jesus chorou, mas jamais foi visto a sorrir. Nosso Salvador foi efetivamente, um Varão de dores, experimentado nos trabalhos, pois abria o coração a todos os sofrimentos humanos. Mas, se bem que Sua vida fosse cheia de abnegação e ensombrada por dores e cuidados, Seu espírito não se abatia. Sua fisionomia não apresentava a expressão do desgosto ou do descontentamento, mas sempre de inalterável serenidade. Seu coração era um manancial de vida; e aonde quer que fosse, levava descanso e paz, contentamento e alegria. -- Conflict and Courage, 120 (1892). Cristo nunca ficou arrebatado MCP1 184 1 Cristo exemplificou na própria vida Seus ensinos divinos. Seu zelo nunca O levou a ficar arrebatado. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e simpatia sem sentimentalismo. Era altamente sociável; no entanto, possuía modesta dignidade que não animava indevida familiaridade. Sua temperança nunca induzia à austeridade ou farisaísmo. Ele não Se conformava com este mundo; todavia não era indiferente às necessidades do menor dentre os homens. Estava alerta às necessidades de todos. -- Manuscrito 132, 1902; Evangelismo, 636. Tato para lidar com preconceitos MCP1 184 2 Suas mensagens de misericórdia variavam, a fim de ajustar-se ao Seu auditório. Sabia "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado" (Isaías 50:4); pois nos lábios Lhe era derramada graça, a fim de que transmitisse aos homens, pela mais atrativa maneira, os tesouros da verdade. Possuía tato para se aproximar do espírito mais cheio de preconceitos, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. -- O Desejado de Todas as Nações, 254 (1898). Ele alcançava as profundezas da desgraça humana MCP1 184 3 Ele percorria todas as veredas em que se achavam almas extraviadas. Alcançava as maiores profundezas da desgraça e miséria humanas. -- Carta 50, 1897. Combate o poder de Satanás sobre a mente MCP1 184 4 Ele [Cristo] via o poder -- o enganador poder -- de Satanás sobre a mente dos homens, e empenhou-Se [ligou-Se por um penhor] a vir a este mundo. Põe ao lado as vestes de Sua realeza, depõe Sua real coroa, renuncia a Seu alto comando, desce do trono de Sua glória como alto Comandante de todo o Céu, e veste Sua divindade de humanidade, para que a humanidade tocasse a humanidade. Para isso foi que Ele veio. Veio diretamente para nossa Terra a fim de tomar sobre Si a natureza do homem, passar através de todas as provas, todas as aflições e tentações que assaltassem o homem, e aqui lutou com essas tentações, percorrendo o terreno onde Adão caiu, para que pudesse remir o ignominioso fracasso e queda de Adão. MCP1 185 1 Em natureza humana, como nosso substituto, como nosso penhor, Ele apoderou-Se da mesma esperança de que é nosso privilégio apoderar-nos, e isto significa poder infinito. Por esse meio, nosso Salvador venceu as tentações do inimigo e obteve a vitória. Em favor de quem? Ora, em nosso favor! Por quê? Para que nenhum dos membros da família humana tivesse que tropeçar na estrada que conduz à vida eterna. Por isso que Ele a percorreu antes de nós, Ele sabe de todos os obstáculos, conhece cada dificuldade que toda alma humana da face da Terra tem de defrontar. Ele sabe isso tudo, e por isso, quando de Seu batismo, ao fazer a Sua petição ao Céu, essa oração fendeu diretamente a infernal sombra que Satanás lançou em vossa vereda, lançou na minha vereda, e a fé penetrou "além do véu". Hebreus 6:19. -- Manuscrito 12, 1895. Ajuda o indagador a exercer fé MCP1 185 2 Cristo sabia todos os seus pensamentos, [da mulher que Lhe tocou na orla da veste] e dirigia os passos em direção a ela. Compreendia-lhe a grande necessidade, e a estava ajudando a exercer fé. -- A Ciência do Bom Viver, 60 (1905). O conhecimento divino pode tornar-se conhecimento humano MCP1 185 3 Pode o conhecimento divino tornar-se conhecimento dos homens. Todo pastor deve estudar atentamente a maneira de ensinar de Cristo. Deve assimilar Suas lições. Não existe um dentre vinte, que conheça a beleza, a essência real do ministério de Cristo. Devem descobri-las. Então se tornarão participantes do rico fruto de Seus ensinamentos. Entretecê-los-ão tão plenamente em sua própria vida e práticas que as idéias e princípios que Cristo introduziu em Suas lições se insinuarão nos ensinamentos deles. A verdade florescerá e produzirá a mais nobre espécie de fruto. E o próprio coração do obreiro se aquecerá; sim, arderá com a vivificadora vida espiritual que incute no espírito dos outros. -- Manuscrito 104, 1898. Em contato com várias mentalidades MCP1 186 1 Todos os que professam ser filhos de Deus devem ter na mente que, como missionários serão postos em contato com todas as classes de espíritos. Há os corteses e os rudes, os humildes e os altivos, os religiosos e os céticos, os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres. Estes diferentes espíritos não podem ser tratados da mesma forma; todos, porém, carecem de bondade e simpatia. Pelo mútuo contato, nosso espírito deve tornar-se polido e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana. -- A Ciência do Bom Viver, 495, 496 (1905). Nossa mentalidade torna-se uma com a dele MCP1 186 2 Ao nos sujeitarmos a Cristo nosso coração se une ao Seu, nossa vontade imerge em Sua vontade, nossa mentalidade torna-se uma com a dEle, nossos pensamentos serão levados cativos a Ele; vivemos Sua vida. Isto é o que significa estar trajado com as vestes de Sua justiça. Quando então o Senhor nos contemplar, verá não o vestido de folhas de figueira, não a nudez e deformidade do pecado, mas Suas próprias vestes de justiça que são a obediência perfeita à lei de Jeová. -- Parábolas de Jesus, 312 (1900). ------------------------Capítulo 22 -- A escola e o professor Despertar as faculdades mentais MCP1 187 1 A verdadeira educação não consiste em forçar a instrução a uma mente não preparada e indócil. As faculdades mentais deverão ser despertadas, e o interesse suscitado. E isto o método divino de ensinar havia tomado em consideração. Aquele que criou a mente e estabeleceu suas leis, providenciou para o seu desenvolvimento de acordo com aquelas leis. MCP1 187 2 No lar e no santuário, mediante as coisas da Natureza e da Arte, no trabalho e nas festas, na construção sagrada e pedras comemorativas, por meio de métodos, ritos e símbolos inumeráveis, deu Deus a Israel lições que ilustravam Seus princípios e preservavam a memória de Suas maravilhosas obras. Então, quando surgiam perguntas, a instrução que era dada impressionava o espírito e o coração. -- Educação, 40, 41 (1903). A educação comunica vitalizante energia MCP1 187 3 A mais elevada obra da educação não é comunicar conhecimentos meramente, mas aquela vitalizante energia recebida mediante o contato de espírito com espírito, de alma com alma. Somente vida gera vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 250 (1898). O mais alto desenvolvimento das faculdades mentais MCP1 187 4 É justo que a mocidade sinta dever atingir o mais alto desenvolvimento das faculdades mentais. Não queríamos restringir a educação a que Deus nos pôs limites. Mas nossas consecuções de nada valerão se não forem utilizadas para honra de Deus e bem da humanidade. Não é bom sobrecarregar a mente de estudos que exigem intensa aplicação, mas que não são introduzidos na vida prática. -- A Ciência do Bom Viver, 449, 450 (1905). Perigos de algumas escolas MCP1 188 1 Muitos jovens saem das instituições de ensino com a moral degradada e as faculdades físicas debilitadas, sem nenhum conhecimento da vida prática e pouca força para cumprir os seus deveres. MCP1 188 2 Ao ver estes males, tenho perguntado: Devem nossos filhos e filhas tornar-se fracalhões morais e físicos a fim de obter uma educação nas escolas? Não deve ser assim, não precisa ser, se os professores e os estudantes forem fiéis às leis da Natureza, que são também as leis de Deus. Todas as faculdades da mente e do corpo devem ser postas em exercício ativo para que os jovens se tornem homens e mulheres fortes e bem equilibrados. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 71. A educação deve ser resguardada MCP1 188 3 A mente será da mesma qualidade que aquilo de que se alimenta, a colheita da mesma natureza que a semente semeada. Não mostram estes fatos, suficientemente, a necessidade de resguardar, desde os primeiros anos, a educação dos jovens? Não seria melhor que os jovens crescessem com certo grau de ignorância quanto ao que é geralmente aceito como educação, do que tornarem-se desleixados no que diz respeito à verdade de Deus? -- Testimonies for the Church 6:194 (1900). Esclarecer a relação entre Deus e o homem MCP1 188 4 É da mais alta importância que todo ser humano ao qual Deus tenha dado faculdades de raciocínio, compreenda sua relação com Deus. É para seu bem indagar a cada passo: É este o caminho do Senhor? ... Precisamos com toda a seriedade apelar para todo ser humano a que compare seu caráter com a lei de Deus, a norma de caráter para todos os que querem adentrar Seu reino e tornar-se cidadãos do país celestial. -- Manuscrito 67, 1898. Educação superior MCP1 189 1 A ciência de uma pura, sadia e coerente vida cristã é obtida pelo estudo da Palavra do Senhor. Essa é a mais alta educação que qualquer ser terrestre possa obter. Essas são as lições que devem ser ensinadas aos estudantes de nossas escolas, a fim de que possam sair possuídos de pensamentos puros e mente e coração limpos, preparados para subir a escada do progresso e praticar as virtudes cristãs. -- Manuscrito 86, 1905. Os hábitos do mestre exercem influência MCP1 189 2 Os princípios e hábitos do professor devem ser considerados de maior importância do que mesmo suas habilitações literárias. Se o professor é cristão sincero, ele sentirá a necessidade de ter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus alunos. A fim de exercer a influência devida deve ele ter perfeito controle sobre si mesmo e ter o coração ricamente impregnado de amor aos alunos, o que se verá em seu olhar, suas palavras e atos. Deve ter firmeza de caráter; então poderá moldar a mente dos alunos, assim como instruí-los nas ciências. MCP1 189 3 A educação primária da juventude geralmente lhes molda o caráter para toda a vida. Os que lidam com os jovens devem ter muito cuidado para evocar as qualidades mentais, a fim de que melhor saibam como dirigir-lhes as faculdades, de modo que sejam exercidas para seu maior bem. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1885. Suscitar as altas qualidades mentais MCP1 189 4 O máximo cuidado deve ser tomado na educação dos jovens, variando a maneira de instruí-los, de modo a suscitar as altas e nobres faculdades da mente. Os pais e professores nas escolas por certo são inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro as lições de domínio próprio, paciência, brandura, bondade e amor. Que importante encargo para os pais, tutores e mestres! Há muito poucos que reconhecem as indispensáveis necessidades da mente e sabem como dirigir o intelecto em desenvolvimento, os crescentes pensamentos e sentimentos dos jovens. -- The Review and Herald, 14 de Julho de 1885. Ser inspirados pelo Espírito Santo MCP1 190 1 Tratar com mentes humanas é a mais delicada obra que possa ser feita, e os professores devem ser inspirados pelo Espírito de Deus, a fim de que sejam habilitados a fazer a obra da maneira devida. -- Manuscrito 8, 1899. A luta com os malfeitos MCP1 190 2 Jamais os eduqueis dando publicidade aos erros e malfeitos de qualquer escolar, pois eles considerarão uma virtude deles, exporem os erros de outro. Nunca humilheis um aluno apresentando perante a classe suas ofensas e erros e pecados: não poderíeis fazer obra mais eficaz para lhe endurecer o coração e confirmá-lo no mal, do que assim procedendo. Falai e orai com ele a sós, e demonstrai a mesma ternura que Cristo vos mostrou a vós que sois mestres. Nunca animeis qualquer estudante a criticar e falar das faltas de outro. Escondei uma multidão de pecados de todas as maneiras possíveis, seguindo, para restaurá-lo, a maneira de Cristo. Esta espécie de educação será uma bênção, fazendo-se sentir nesta vida e estendendo-se até à futura vida imortal. -- Manuscrito 34, 1893. Plenamente habilitado para tratar com mentes humanas MCP1 190 3 Todo professor necessita de que Cristo habite em seu coração pela fé, e de possuir genuíno espírito de abnegação e sacrifício por amor a Cristo. A pessoa pode ter suficiente educação e conhecimento nas ciências, para lecionar; mas foi averiguado se ela possui tato e sabedoria para lidar com mentes humanas? Se os mestres não têm no coração o amor de Cristo, não se acham habilitados para serem postos em contato com crianças e para assumir as graves responsabilidades colocadas sobre eles, de educar tais crianças e jovens. Eles mesmos carecem da educação e do preparo mais elevado e não sabem como lidar com mentes humanas. O espírito de seu próprio coração natural e insubordinado procura assumir o controle, e submeter o maleável intelecto e caráter das crianças a semelhante disciplina, equivale a deixar na mente cicatrizes e lesões que jamais se dissiparão. MCP1 191 1 Caso o professor não possa ser levado a sentir a responsabilidade e o cuidado que sempre deveria revelar ao lidar com mentes humanas, sua educação tem sido, nalguns casos, muito imperfeita. A instrução recebida na vida familiar tem sido prejudicial para o caráter, e é deplorável que esse caráter e essa orientação deficiente se reproduzam nas crianças colocadas sob sua direção. -- Christian Education, 145 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 260, 261. Responsabilidades, não para os inexperientes MCP1 191 2 A escola paroquial de Battle Creek é parte importante da vinha a ser cultivada. Mentalidade bem equilibrada e caráter simétrico são necessários aos professores de qualquer ramo. Não confieis essa obra às mãos de jovens senhoras e homens jovens que não sabem como tratar com mentalidades humanas. Isto tem sido um erro, e tem trazido males às crianças e jovens sob seus cuidados. ... MCP1 191 3 Entre as crianças e os jovens existem todas as espécies de caráter com os quais tratar. Têm mente impressionável. Qualquer coisa como uma exibição apaixonada por parte da professora pode atalhar sua influência para o bem, sobre os estudantes que lhe dão o nome de educadora. E será essa educação para o bem presente e para o eterno bem futuro das crianças e dos jovens? Esta é a correta influência a ser exercida sobre eles, para seu bem espiritual. -- Manuscrito 34, 1893. Conselho a um professor irritadiço MCP1 191 4 Cada professor tem seu próprio traço peculiar de caráter sobre o qual vigiar, a fim de que Satanás não se sirva dele como agente seu, para destruir almas por seus traços de caráter não consagrados. A única segurança dos professores está em aprender diariamente na escola de Cristo Sua mansidão, Sua humildade de coração; então o próprio eu se ocultará em Cristo, e ele tomará humildemente o jugo de Cristo, convencido de que está tratando com Sua herança. MCP1 192 1 Devo declarar-lhe ter-me sido mostrado que nem sempre têm sido postos em prática os melhores métodos no trato dos erros e mal-entendidos de estudantes, e em consequência almas têm sido postas em perigo, perdendo-se mesmo algumas. Professores de mau gênio, movimentos imprudentes, dignidade própria têm feito má obra. Não existe forma de vício, mundanidade ou alcoolismo que tenha efeito mais daninho sobre o caráter, amargurando a alma, pondo em cortejo males que suplantam o bem, do que paixões humanas não postas sob o controle do Espírito de Deus. A ira, o sentir-se melindrado, agitado, jamais compensará. MCP1 192 2 Quantos filhos pródigos são excluídos do reino de Deus devido ao caráter desleixado dos que alegam ser cristãos! Ciúme, inveja, orgulho, sentimentos descaridosos, justiça própria, suscetibilidade, suspeitar mal, rispidez, frieza, falta de simpatia -- eis os atributos de Satanás. Os professores depararão com esses defeitos, no caráter dos estudantes. É tremenda tarefa ter de tratar com isso; mas ao buscar eliminar esses males, o obreiro tem freqüentemente, contraído atributos semelhantes, que têm maculado a alma da pessoa com quem está tratando. -- Carta 50, 1893. Precisam de temperamento equilibrado MCP1 192 3 Os mestres que trabalham nesta parte da vinha do Senhor, precisam ser senhores de si mesmos, de modo a dominar o temperamento e os sentimentos, mantendo-os sujeitos ao Espírito Santo. Devem dar provas de possuir, não uma experiência unilateral, mas espírito bem equilibrado, caráter simétrico. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 191 (1913), [no inglês]. É importante a determinação de aperfeiçoar-se MCP1 192 4 As vantagens de um professor podem ter sido limitadas, de modo que ele poderá não possuir habilitações literárias tão altas como se poderia desejar. Todavia, se ele tem um conhecimento verdadeiramente profundo da natureza humana, se tem genuíno amor por sua obra, apreciação de sua grandeza e decisão de se aperfeiçoar; se ele está disposto a trabalhar fervorosamente, perseverantemente, compreenderá as necessidades de seus discípulos, e pelo seu espírito de simpatia e progresso inspirá-los-á a prosseguir, procurando guiá-los avante e para cima. -- Educação, 279 (1903), [no inglês]. Nem metade das faculdades mentais é usada MCP1 193 1 É importante que tenhamos escolas intermediárias e secundárias. ... De nosso país e do exterior estão a chegar muitos pedidos urgentes para que se enviem obreiros. Moços e moças, os que se encontram em meia-idade, e efetivamente todos os que são capazes de empenhar-se no serviço do Mestre, devem exigir de sua mente tudo que puderem, no sentido de se prepararem para atender a esses pedidos. Pela luz que Deus me deu, sei que não fazemos uso das faculdades de espírito nem com metade da diligência que cumpriria empregar-se no esforço de nos habilitarmos para maior utilidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 209 (1913), [no inglês]. Combinar o natural com o espiritual e alcançar as mais altas realizações MCP1 193 2 O natural e o espiritual devem ser associados nos estudos de nossas escolas. As atividades da agricultura ilustram as lições bíblicas. As leis obedecidas pela Terra revelam o fato de que ela está sob o excelso poder de um Deus infinito. Os mesmos princípios regem o mundo espiritual e o mundo natural. Separai a Deus e Sua sabedoria da aquisição de conhecimento, e tereis uma educação claudicante e unilateral, morta para todas as qualidades salvadoras que dão poder ao homem, de modo que seja incapaz de obter imortalidade por meio da fé em Cristo. O Autor da Natureza é o Autor da Bíblia. A criação e o cristianismo têm um só Deus. MCP1 193 3 Todos os que se empenham na aquisição de conhecimento devem almejar atingir o mais alto grau de progresso. Avancem eles tão depressa e tão longe quanto puderem; seja o seu campo de estudo tão amplo quanto possam abranger as faculdades, tornando a Deus sua sabedoria, apegando-se Àquele que é infinito em conhecimento, que pode revelar os segredos ocultos durante séculos, que pode solver os problemas mais difíceis para as mentes que crêem nAquele que é o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível. A testemunha viva para Cristo, prosseguindo em conhecer ao Senhor, saberá que como a alva será a Sua saída. "Aquilo que o homem semear, isso também ceifará." Por meio de honestidade e laboriosidade, mediante o devido cuidado do corpo, aplicando todas as faculdades mentais na aquisição de conhecimento e sabedoria nas coisas espirituais, toda alma pode ser completa em Cristo, o qual é o Modelo perfeito do homem completo. -- Special Testimonies on Education, 22 de Abril de 1895; Fundamentos da Educação Cristã, 375, 376. Lições corretas não podem impressionar a mente que não conhece a verdade da palavra de Deus MCP1 194 1 Mas a caída raça humana não quer compreender. Supõem que a ciência da Natureza controle ao Deus da Natureza. Lições corretas não podem impressionar a mente dos que não conhecem a verdade da Palavra de Deus. Quando coração e mente são submetidos a Deus, quando o homem está disposto a ser instruído qual uma criancinha, encontrará na Palavra de Deus a ciência da educação. A alta educação do mundo tem-se demonstrado uma farsa. Quando mestres e alunos descerem de seus pedestais e ingressarem na escola de Cristo para dEle aprender, falarão inteligentemente de alta educação, porque compreenderão que é esse conhecimento que habilita o homem a compreender a essência da ciência. -- Manuscrito 45, 1898. São necessários auxílios visuais MCP1 194 2 O uso de comparações, quadros-negros, mapas e gravuras, será de auxílio na explicação destas lições e da fixação das mesmas na memória. Pais e professores devem constantemente procurar métodos aperfeiçoados. -- Educação, 186 (1903), [no inglês]. Evitar demasiada variedade de alimento mental MCP1 194 3 Deus deseja que as faculdades mentais sejam conservadas puras e limpas. Mas muitas vezes é ministrada à mente demasiada variedade de alimento. É impossível que todo ele seja aproveitado e usado. O cérebro deve ser aliviado de toda carga desnecessária. Unicamente os estudos que sejam de maior uso, não só aqui mas também na vida futura, que proveja a melhor instrução para corpo e alma, serão transferidos para a eternidade. -- Manuscrito 15, 1898. O estudo e a vida prática MCP1 195 1 Não convém abarrotar a mente com uma espécie de estudos que requerem intensa aplicação e esforço, mas não têm uso na vida prática. Educação desta espécie será um prejuízo ao estudante, pois esses estudos lhe tiram o desejo e a inclinação para os estudos que o habilitariam para a utilidade, capacitando-o para cumprir as responsabilidades que lhe são confiadas, como cooperador de Deus, para, tanto por preceito como pelo exemplo, ajudar aos que deveria, a conseguir a imortalidade. -- Manuscrito 15, 1898. Necessidade de ensino prático MCP1 195 2 O estudo de latim e grego é de muito menos importância para nós, para o mundo e para Deus, do que o acurado estudo e uso de toda a maquinaria humana. É pecado estudar livros, negligenciando o saber tornar-se familiar com os vários ramos de utilidade na vida prática. Para alguns, é dissipação a estrita aplicação ao estudo de livros. O não empenhar a maquinaria física leva a extremada atividade do cérebro. Este torna-se então a oficina de Satanás. Jamais pode ser uma vida fruída em todos os sentidos, se a pessoa é ignorante acerca da casa em que vivemos. -- Carta 103, 1897. Livros de texto e moldes de pensamento MCP1 195 3 Com voz solene o Orador prosseguiu: "Encontrais nesses autores [incrédulos] aquilo que possais recomendar como essencial à verdadeira educação superior? Ousaríeis recomendar seu estudo a alunos que ignoram seu verdadeiro caráter? Hábitos errados de pensamento, uma vez aceitos, tornam-se um poder despótico, que prende a mente como em garras de aço. Se muitos dos que receberam e leram esses livros nunca os tivessem visto mas tivessem aceito as palavras do Mestre Divino em seu lugar, estariam muito mais adiantados do que estão no conhecimento das divinas verdades da Palavra de Deus, a qual torna os homens sábios para a salvação. Esses livros têm levado milhares aonde Satanás levou Adão e Eva -- a um conhecimento que Deus lhes proibiu tivessem. Mediante seus ensinos, estudantes têm trocado a Palavra do Senhor por fábulas." -- The Review and Herald, 12 de Março de 1908. Amplos princípios da Bíblia para controlar conceitos MCP1 196 1 Sobre a mente de todo estudante deveria ser impresso o pensamento de que a educação é um fracasso a menos que o entendimento tenha aprendido a apanhar as verdades da revelação divina e a menos que o coração aceite os ensinamentos do evangelho de Cristo. O estudante que, em lugar dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceite idéias comuns e permita que o tempo e atenção sejam absorvidos por matérias triviais, de lugar-comum, verá que a mente se lhe tornará apoucada e débil; ele perderá o poder de crescimento. A mente tem de ser educada para compreender as importantes verdades que dizem respeito à vida eterna. -- Carta 64, 1909. O melhor uso das partes componentes da maquinaria humana MCP1 196 2 Tivessem os mestres estudado as lições que o Senhor desejava que aprendessem, não haveria uma classe de estudantes cujos débitos tinham que ser liquidados por alguém, ou do contrário ficaria o colégio arcando ao peso de pesada dívida. Os educadores não estão cumprindo nem metade de sua tarefa quando sabem que um jovem está dedicando anos de estrita aplicação ao estudo de livros, sem se empenhar em adquirir recursos para custear ele mesmo os estudos, e nada fazendo na questão. Cada caso deve ser investigado, mostrando bondoso interesse e indagação acerca de cada jovem, averiguando sua situação financeira. MCP1 197 1 Um dos estudos apresentados a ele como muitíssimo valioso deve ser o exercício do raciocínio que Deus lhe deu, em harmonia com suas faculdades físicas, cabeça, corpo, mãos e pés. O devido uso de si mesmo é a mais valiosa lição que aprender se possa. Não devemos fazer trabalho cerebral e parar aí, tampouco exercitar o físico e aí nos deter; devemos, porém, fazer o melhor dos usos das várias partes que compõem a maquinaria humana -- cérebro, ossos e músculos, corpo, cabeça e coração. Homem algum que não entenda como isso fazer, é apto para o ministério. -- Carta 103, 1897. Os professores cooperarem na recreação MCP1 197 2 Vejo aqui na Suíça algo que julgo digno de imitação. Os professores das escolas muitas vezes saem com os alunos quando estão brincando e os ensinam a entreter-se, ficando perto para reprimir qualquer desordem ou erro. Às vezes saem com os alunos a uma longa caminhada. Aprecio isto; penso que há menos oportunidade para as crianças cederem à tentação. Parece que os mestres participam das brincadeiras das crianças e as supervisionam. MCP1 197 3 Não posso de modo algum aprovar a idéia de que as crianças devam sentir-se constantemente como não merecendo confiança, não podendo agir como crianças. Mas participem os professores dos entretenimentos das crianças, unam-se-lhes, e mostrem que desejam vê-las felizes, e isto lhes inspirará confiança. Podem ser controladas pelo amor, mas não seguindo-as em suas refeições e em seus entretenimentos com rigorosa, inflexível severidade. -- Testimonies for the Church 5:653 (1889). Manifestar confiança nos alunos MCP1 197 4 O educador prudente, ao tratar com seus discípulos, procurará promover a confiança e fortalecer o sentimento de honra. As crianças e jovens são beneficiados se se deposita neles confiança. Muitos, mesmo dentre os pequeninos, têm um elevado senso de honra; todos desejam ser tratados com confiança e respeito, e têm direito a isso. Deve-se ter cuidado de que eles não pressintam não poderem sair ou entrar sem ser vigiados. A suspeita desmoraliza, produzindo os mesmos males que procura evitar. Em vez de vigiar continuamente, como se estivesse a suspeitar mal, os professores que se acham em contato com seus discípulos discernirão a atitude da mente irrequieta, e porão em atividade influências que contrabalançarão o mal. Levai os jovens a sentir que merecem confiança, e poucos haverá que não procurarão mostrar-se dignos dessa confiança. -- Educação, 289, 290 (1903). É essencial a confiança dos alunos MCP1 198 1 O professor deve ter aptidão para o seu trabalho. Deve ter a sabedoria e o tato exigidos para tratar com as mentes. Por maiores que sejam seus conhecimentos científicos, por excelentes que sejam suas qualificações em outros ramos, se não alcançar o respeito e confiança de seus alunos, debalde serão seus esforços. -- Educação, 278, 279 (1903). Auxiliar os atrasados e pouco promissores MCP1 198 2 Se manifestardes aos vossos alunos bondade, amor, terna consideração, colhereis a mesma coisa em compensação. Se os professores são severos, críticos, autoritários, insensíveis aos sentimentos alheios, receberão eles o mesmo de volta. O homem que deseje conservar seu respeito próprio e dignidade, tem de ser cuidadoso para não sacrificar o respeito e a dignidade dos outros. Esta regra deve ser observada sagradamente, mesmo para com os escolares mais obtusos, mais jovens e mais desajeitados. MCP1 198 3 O que Deus fará com esses jovens aparentemente desinteressantes, vós não sabeis. Deus no passado aceitou e escolheu exatamente tais tipos para fazerem por Ele uma grande obra. Seu Espírito, operando no coração, tem agido qual uma bateria elétrica, despertando as faculdades aparentemente entorpecidas e levando-as a vigorosa e perseverante ação. O Senhor viu nessas pedras brutas, rudes e desinteressantes, o precioso metal que resistirá ao teste de ventos e tempestades e à ardente prova do calor. Deus não vê como vê o homem, Deus não julga como julga o homem -- Ele sonda o coração. -- Manuscrito 2, 1881. Lidando com alunos obtusos MCP1 199 1 Os professores devem considerar que estão lidando com crianças, não com homens e mulheres. São crianças que têm tudo a aprender, e algumas têm tanto mais dificuldade do que outras para fazê-lo. O aluno de mente obtusa necessita de muito mais encorajamento do que tem recebido. Se forem colocados sobre esses espíritos diferentes professores que se deleitam naturalmente em dar ordens, mandar e engrandecer-se a si mesmos em sua autoridade, que procederão com parcialidade, tendo favoritos aos quais darão preferências, enquanto outros são tratados com exatidão e severidade, produzir-se-á um estado de confusão e insubordinação. -- Educação, 154 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 269, 270. O ambiente da sala de aulas afeta os estudantes MCP1 199 2 A vida religiosa de grande número de pessoas que professam ser cristãos é de molde a revelar que não são cristãos. ... Seus traços de caráter hereditários e cultivados são acariciados como preciosas habilitações, quando, em realidade, exercem deletéria influência sobre outras mentes. Em termos bem claros e simples, caminham nas faíscas que eles mesmos acenderam. Possuem uma religião sujeita às circunstâncias e controlada por elas. Se tudo parece correr da maneira que lhes apraz, e não há circunstâncias irritantes que ponham a descoberto sua natureza insubmissa e que não se assemelha à de Cristo, são condescendentes e agradáveis, e serão muito atraentes. Quando ocorrerem certas coisas na família ou em sua associação com outros, que lhes perturbem a paz e provoquem seu mau gênio, se colocarem todas as circunstâncias diante de Deus e continuarem a fazer seu pedido, suplicando Sua graça antes de se empenharem nas tarefas diárias como professores e conhecerem por si mesmos o poder e a graça e o amor de Cristo habitando em seu próprio coração antes de iniciarem as labutas, anjos de Deus são levados com eles para a sala de aulas. MCP1 200 1 Se entrarem, porém, na sala de aula com espírito exasperado e irritado, a atmosfera moral que circunda sua alma deixará sua impressão sobre as crianças que se acham sob os seus cuidados, e, em vez de estarem habilitados para instruir as crianças, necessitam de alguém para ensinar-lhes as lições de Jesus Cristo. -- Educação, 149, 150 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 265, 266. Necessidade de paciência e adaptabilidade (conselho a um professor) MCP1 200 2 Não tens êxito como professor, porque não tens paciência nem adaptabilidade. Não sabes como tratar com mentes humanas nem conheces a melhor maneira de transmitir conhecimento. Se tuas expectativas não se cumprem, ficas impaciente. Fruíste todas as vantagens da educação, mas não obstante não és mestre prudente. É muito desagradável para ti inculcares idéias em mentes obtusas. Em tua juventude careceste de disciplina e preparo. Mas o espírito que manifestaste sob a correção estragou-te a vida. -- Carta 117, 1901. Os pais devem cooperar com os professores MCP1 200 3 Uma plantação negligenciada representa a mente negligenciada. Os pais devem chegar a olhar a essa questão sob prisma diferente. Devem conscientizar-se de seu dever de cooperar com o professor, encorajando a sábia disciplina, e orando muito em favor daquele que está ensinando os filhos. Não ajudarás as crianças ralhando, censurando ou desanimando-as; tampouco farás tua parte contribuindo para que se rebelem e sejam desobedientes e indelicadas e desamáveis por causa do espírito que acalentas. -- Manuscrito 34, 1893. Responsabilidade da comunidade religiosa MCP1 200 4 Não pode haver obra mais importante do que a devida educação de nossos jovens. Devemos guardá-los, repelindo a Satanás, para que ele não os tire de nossos braços. Quando os jovens vêm para nossos colégios, não devem ser levados a pensar que se encontram entre estranhos que não se importam com sua alma. Deve haver pais e mães em Israel, que estejam vigilantes por essas almas, como quem deve prestar contas por elas. MCP1 201 1 Irmãos e irmãs, não vos conserveis longe dos queridos jovens, como se não tivésseis especial solicitude ou responsabilidade por eles. Vós, que há muito tempo haveis professado ser cristãos, tendes uma obra a fazer, a fim de paciente e bondosamente os levar pelo caminho reto. Deveis mostrar-lhes que os amais, porque são membros mais jovens da família do Senhor, a aquisição de Seu sangue. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 89, 90. Encontrando corações obstinados e disposições perversas MCP1 201 2 Nosso Redentor tinha uma natureza humana muito compreensiva. Seu coração sempre se comovia diante do manifesto desamparo da criancinha exposta a maus tratos; pois Ele amava as crianças. O mais fraco clamor do sofrimento humano jamais chegava inutilmente ao Seu ouvido. E todos os que assumem a responsabilidade de instruir os jovens depararão corações empedernidos, disposições perversas, e sua obra é cooperar com Deus na restauração de Sua imagem moral em cada criança. Jesus -- precioso Jesus! -- havia em Sua alma um completo manancial de amor. -- Educação, 149 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 265. ------------------------Capítulo 23 -- Amor -- princípio divino, eterno Amor, o princípio da ação MCP1 205 1 Quando o celestial princípio do eterno amor toma o coração inteiro, ele dimanará, para os outros, ... porque o amor é o princípio da ação e modifica o caráter, governa os impulsos, controla as paixões, submete inimizades, e eleva e enobrece as afeições. -- Testimonies for the Church 4:223 (1876). Diferente de qualquer outro princípio MCP1 205 2 O amor puro é simples em sua atuação e é diferente de qualquer outro princípio de ação. -- Testimonies for the Church 2:136 (1876). Tenra planta, a ser cultivada e acariciada MCP1 205 3 O amor é uma tenra planta, e precisa ser cultivada e nutrida, e terão de ser arrancadas todas as raízes de amargura que lhe estão em volta, de modo que ela tenha espaço para circular; e então ela atrairá para junto de sua influência todas as faculdades da mente, todo o coração, de modo que amaremos supremamente a Deus, e a nosso próximo como a nós mesmos. -- Manuscrito 50, 1894; Nossa Alta Vocação, 171. Satanás substitui o amor pelo egoísmo MCP1 205 4 Em virtude da desobediência, perverteram-se as faculdades do homem, tomando o egoísmo o lugar do amor. Sua natureza ficou tão enfraquecida, que lhe era impossível resistir ao poder do mal; e o tentador viu satisfeito seu intento de impedir o plano divino da criação do homem, e de encher a Terra de miséria e desolação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 33 (1913), [no inglês]. O amor brota espontaneamente quando o próprio eu é submetido MCP1 206 1 Quando o próprio eu é submerso em Cristo, o verdadeiro amor brota espontaneamente. Não é uma emoção ou impulso mas sim a decisão de uma vontade santificada. Não consiste em sentimentos, mas na transformação do coração inteiro, da alma e do caráter, que é morto ao próprio eu e vivo para Deus. Nosso Senhor e Salvador pede que nos entreguemos a Ele. Render o próprio eu a Deus é tudo que Ele requer: dar-nos a nós mesmos a Ele para sermos usados segundo Sua vontade. Antes de chegarmos a esse ponto de entrega não seremos felizes, úteis ou bem-sucedidos onde quer que seja. -- Carta 97, 1898; The S.D.A. Bible Commentary 6:1100, 1101. O amor não é um impulso, mas um princípio divino MCP1 206 2 Supremo amor por Deus e desinteressado amor mútuo -- eis o melhor dom que nosso Pai celestial pode conceder. Este amor não é um impulso, mas um princípio divino, um poder permanente. O coração não consagrado não o pode criar ou produzir. Ele somente é achado no coração em que Jesus reina. "Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro." No coração renovado pela graça divina, .o amor é o princípio que regula a ação. -- Atos dos Apóstolos, 551 (1911). Amor -- Força intelectual e moral MCP1 206 3 O amor é um poder. Força intelectual e moral acha-se envolvida neste princípio, e dele não pode ser separada. O poder da riqueza tende a corromper e destruir; o poder da força é vigoroso para ferir; mas a excelência e valor do amor puro, consiste em sua eficácia de fazer o bem, e não fazer nada mais senão o bem. O que quer que seja feito por puro amor, por pequeno e desprezível que seja à vista dos homens, é totalmente frutífero; pois Deus considera mais o amor com que se trabalhe, do que a quantidade que se produz. O amor vem de Deus. O coração não convertido não pode originar ou produzir essa planta de crescimento celestial, que só vive e floresce onde Cristo reina. -- Testimonies for the Church 2:135 (1868). O perfumado ambiente do amor MCP1 207 1 Toda alma está circundada de uma atmosfera própria, que pode estar carregada do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança, e perfumada com a fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com as nuvens do descontentamento e egoísmo, ou intoxicada com o contato mortal de um pecado acariciado. Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem nos comunicamos é consciente ou inconscientemente afetada. -- Parábolas de Jesus, 339 (1900). Desarraiga o egoísmo e a contenda MCP1 207 2 A áurea cadeia do amor, ligando o coração dos crentes em unidade, em laços de companheirismo e amor, e em união com Cristo e o Pai, faz perfeita a ligação e dá ao mundo um testemunho incontestável do poder do cristianismo. ... Então será desarraigado o egoísmo e não existirá a infidelidade. Não haverá contendas e divisões. Não haverá obstinação em ninguém que esteja ligado a Cristo. Ninguém agirá segundo a obstinada independência da criança caprichosa e impulsiva que larga a mão que a está guiando e prefere tropeçar sozinha e andar segundo lhe parece. -- Carta 110, 1893; Nossa Alta Vocação, 171. Fruto do puro amor MCP1 207 3 "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles." Mateus 7:12. Benditos resultados apareceriam como fruto de semelhante procedimento. "Com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." Verso 2. Eis aí fortes motivos que nos deveriam constranger a amar uns aos outros com coração puro, cálido. Cristo é nosso exemplo. Ele andava fazendo o bem. Vivia para ser uma bênção aos outros. O amor aformoseava e enobrecia todas as Suas ações. MCP1 208 1 Não nos é mandado fazer a nós mesmos o que desejamos que outros nos façam; nós é que devemos fazer aos outros o que desejamos que nos façam sob circunstâncias semelhantes. A medida com que medimos, sempre nos será devolvida tal qual. ... MCP1 208 2 O amor da influência e o desejo da estima dos outros pode produzir uma vida bem ordenada e freqüentemente uma conversação sem falha. O respeito próprio pode levar-nos a evitar a aparência do mal. Pode o coração egoísta praticar atos generosos, reconhecer a verdade presente, e expressar humildade e afeto à vista, e contudo os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações que promanam de semelhante coração podem ser destituídos do sabor da vida e dos frutos da verdadeira santidade, sendo alheios aos princípios do puro amor. O amor deve ser acariciado e cultivado, pois sua influência é divina. -- Testimonies for the Church 2:136 (1868). O amor faz concessões MCP1 208 3 O amor de Cristo é profundo e sincero, fluindo tal uma irreprimível torrente, a todos os que o aceitam. Em Seu amor não existe egoísmo. Se esse amor, de origem divina, é princípio permanente no coração, far-se-á conhecido, não somente aos que consideramos os mais queridos no relacionamento sagrado, mas a todos aqueles com quem entramos em contato. Levar-nos-á a prestar pequenos atos de atenção, a fazer concessões, a praticar atos de bondade, a pronunciar palavras ternas, verazes e animadoras. Levar-nos-á a simpatizar com aqueles cujo coração tem fome de simpatia. -- Manuscrito 17, 1899; The S.D.A. Bible Commentary 5:1140. O amor governa os motivos e ações MCP1 208 4 A mais cuidadosa atenção às exteriores conveniências da vida, não basta para evitar toda a irritabilidade, severidade de juízo e linguagem imprópria. A verdadeira fineza não se revelará nunca enquanto o próprio eu for considerado como objeto supremo. Importa que o amor habite no coração. O perfeito cristão encontra seus motivos de ação num profundo e sincero amor por seu Mestre. Das raízes de sua afeição para com Cristo, brota um abnegado interesse em seus irmãos. O amor comunica ao seu possuidor, graça, critério e modéstia na conduta. Ilumina o semblante e rege a voz; afina e eleva o ser inteiro. -- Obreiros Evangélicos, 119. O amor interpreta favoravelmente os motivos alheios MCP1 209 1 A caridade "não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal". 2 Coríntios 13:5. Amor igual ao de Cristo atribui a mais favorável das intenções aos motivos e atos dos outros. Não expõe desnecessariamente suas faltas; não ouve com avidez relatórios desfavoráveis, mas antes procura trazer à mente as boas qualidades dos outros. -- Atos dos Apóstolos, 319 (1911). O amor dulcifica a vida toda MCP1 209 2 Os que amam a Deus não podem abrigar ódio ou inveja. Quando o princípio celestial do eterno amor toma o coração, dimanará para outros. ... MCP1 209 3 Esse amor não é adquirido meramente para incluir "eu e meu", mas é amplo como o mundo e alto como o céu, e está em harmonia com aquele dos obreiros angélicos. Esse amor, acariciado na alma, dulcifica a vida toda e projeta sua enobrecedora influência sobre todos em volta. Possuindo-o, não podemos deixar de ser felizes, quer a sorte sorria, quer desagrade. MCP1 209 4 Se amamos a Deus de todo o coração, temos de amar também Seus filhos. Este amor é o Espírito de Deus. É o adorno celestial que concede verdadeira nobreza e dignidade à alma e assemelha nossa vida à vida do Senhor. Não importa quantas boas qualidades possamos ter, por mais dignos de honra e mais cultos que nos possamos considerar, se a alma não é batizada com a graça celestial do amor a Deus e de uns aos outros, somos deficientes na verdadeira bondade e inaptos para o Céu, onde tudo é amor e unidade. -- Testimonies for the Church 4:223, 224 (1876). O amor verdadeiro é espiritual MCP1 209 5 O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, torna-se espiritualizado e se revela em palavras e atos. O cristão tem de ter uma ternura e amor santificados, em que não haja impaciência ou irritação; as maneiras ásperas, rudes têm de ser abrandadas pela graça de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:335 (1885). O amor vive em ação MCP1 210 1 O amor não pode viver sem ação, e cada ato o aumenta, fortalece e amplia. O amor alcança a vitória quando são impotentes o argumento e a autoridade. O amor opera, não por amor do lucro ou recompensa; entretanto Deus proveu que grande ganho seja o resultado certo de todo trabalho de amor. É de natureza difusiva e opera silenciosamente, todavia é forte e poderoso em seu propósito de vencer grandes males. É enternecedor e transformativo em sua influência e se apodera da vida de criaturas cheias de pecado, afetando-lhes o coração, mesmo quando todos os outros recursos tenham falhado. MCP1 210 2 Toda vez que seja empregado o poder do intelecto, ou da autoridade ou da força, e não se mostre presente o amor, as afeições e a vontade dos que buscamos alcançar assumem uma atitude defensiva, contrariante, e aumenta-se-lhe a força de resistência. Jesus era o Príncipe da paz. Veio ao mundo para tornar-se-Lhe submissa a resistência e a autoridade. Comandava a sabedoria e a força, no entanto os meios que empregava para vencer o mal, eram a sabedoria e a força do amor. -- Testimonies for the Church 2:135, 136 (1868). Evidências de um novo princípio de vida MCP1 210 3 Quando os homens se ligam entre si, não pela força do interesse pessoal, mas pelo amor, mostram a operação de uma influência que é superior a toda influência humana. Onde existe esta unidade, é evidente que a imagem de Deus está sendo restaurada na humanidade, que foi implantada nova vida. Mostra que há na natureza divina poder para deter os sobrenaturais agentes do mal, e que a graça de Deus subjuga o egoísmo inerente ao coração natural. -- O Desejado de Todas as Nações, 678 (1898). ------------------------Capítulo 24 -- Amor no lar Fonte da verdadeira afeição humana MCP1 211 1 Nossa afeição de uns pelos outros provém de nosso relacionamento comum com Deus. Somos uma só família, amamo-nos uns aos outros como Ele nos amou. Comparada com esta afeição verdadeira, santificada e disciplinada, a superficial cortesia do mundo, a fútil expressão de efusiva amizade, são como palha em relação ao trigo. -- Carta 63, 1896; Filhos e Filhas de Deus, 99. MCP1 211 2 Amar como Cristo amou quer dizer manifestar abnegação a todo o tempo e em todos os lugares, mediante palavras bondosas e olhares agradáveis. ... Genuíno amor é um precioso atributo de origem celeste, que aumenta o perfume à proporção que é dispensado aos outros. -- Manuscrito 17, 1899; Filhos e Filhas de Deus, 99. O amor liga coração a coração MCP1 211 3 Haja amor mútuo, mútua paciência. Então o casamento, em vez de ser o fim do amor, será como que seu princípio. O calor da verdadeira amizade, o amor que liga coração a coração, é um antegozo das alegrias do Céu. ... Dê cada um amor, em vez de exigi-lo. -- A Ciência do Bom Viver, 360, 361 (1905). Pode a afeição ser pura, mas superficial MCP1 212 1 Pode a afeição ser clara como cristal, e formosa em sua pureza, e todavia ser superficial porque não foi testada e provada. Fazei de Cristo o primeiro e o último e melhor em tudo. Contemplai-O constantemente, e vosso amor a Ele dia a dia se tornará mais profundo e mais forte, ao ser submetido à prova. E ao aumentar vosso amor por Ele, vosso amor de uns para com outros se tornará mais profundo e mais forte. "Todos nós com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem." 2 Coríntios 3:18. -- Testimonies for the Church 7:46 (1902). O amor não pode existir sem expressar-se MCP1 212 2 Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o coração torna-se desolado e frio. ... O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à míngua de bondade e simpatia. -- A Ciência do Bom Viver, 360 (1905). A planta do amor deve ser tratada com ternura MCP1 212 3 A preciosa planta do amor deve ser tratada ternamente, e tornar-se-á forte e vigorosa, e rica de frutos, dando expressão ao caráter todo. -- Carta 50, 1893. Os impulsos de amor não devem ser sufocados MCP1 212 4 Animai a expressão de amor para com Deus e uns com os outros. A causa de haver tantos homens e mulheres endurecidos no mundo, é que a verdadeira afeição tem sido considerada como fraqueza, sendo cerceada e reprimida. A parte melhor da natureza dessas pessoas foi sufocada na infância; e a menos que a luz do amor divino lhes abrande o frio egoísmo, para sempre arruinada estará sua felicidade. Se queremos que nossos filhos possuam o suave espírito de Jesus, e a simpatia que os anjos por nós manifestam, devemos incentivar os generosos e amoráveis impulsos da infância. -- O Desejado de Todas as Nações, 516 (1898). Amor não é paixão MCP1 212 5 É o amor uma planta de origem celeste. Não é desarrazoado; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa inteiramente diversa. Ao passo que o amor puro convida a Deus para todos os seus planos, e está em perfeita harmonia com o Seu Espírito, a paixão é obstinada, precipitada, desarrazoada, desrespeitando todas as restrições e fazendo do objeto de sua escolha um ídolo. MCP1 213 1 Em todo o comportamento de uma pessoa que possui amor verdadeiro, há de manifestar-se a graça de Deus. A modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade devem caracterizar todos os passos em direção de uma aliança matrimonial. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; Mensagens aos Jovens, 459. O amor verdadeiro, preparo para o casamento feliz MCP1 213 2 O amor verdadeiro é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado. É pela fidelidade para com o dever na casa paterna que os jovens devem preparar-se para seu próprio lar. Pratiquem eles aqui a abnegação, e manifestem bondade, cortesia e simpatia cristã. Assim o amor será mantido cálido em seu coração, e aquele que parte de um lar semelhante, para se colocar como chefe de sua própria família, saberá como promover a felicidade daquela que escolheu para companheira de toda a vida. O casamento, em vez de ser o final do amor, será tão-somente seu começo. -- Patriarcas e Profetas, 176 (1890). Amor e disciplina própria unem a família MCP1 213 3 Procurem os pais, em seu próprio caráter e vida doméstica, exemplificar o amor e a beneficência do Pai celestial. Que no lar prevaleça uma atmosfera prazenteira. Isto será de muito mais valor para vossos filhos do que terras ou dinheiro. Que o amor doméstico se conserve vivo em seu coração, para que possam volver o olhar ao lar de sua meninice como um lugar de paz e felicidade, abaixo do Céu. Os membros da família não têm todos o mesmo cunho de caráter, e haverá freqüentes ocasiões para o exercício da paciência e longanimidade; mas, pelo amor e disciplina própria, todos poderão estar ligados na mais íntima união. -- Patriarcas e Profetas, 176 (1890). Características do amor verdadeiro (conselho a um marido obstinado) MCP1 214 1 O amor verdadeiro, puro, é precioso. É celeste em sua influência. É profundo e permanente. Não é espasmódico em suas manifestações. Não é uma egoísta paixão. Produz fruto. Levará a um constante empenho por tornares feliz tua esposa. Se possuíres esse amor, tornar-se-á natural fazer esse esforço. Não dará a impressão de ter sido forçado. Se saíres a um passeio ou para assistires a uma reunião, será natural como tua respiração escolher a esposa para acompanhar-te e procurar fazê-la sentir-se feliz em tua companhia. Consideras as realizações dela como inferiores às tuas, mas vi que Deus Se agradava mais do espírito dela do que do teu. MCP1 214 2 Não és digno da esposa que tens. Ela é demasiado boa para ti. É uma planta frágil, sensível; carece de ser cuidada ternamente. Ela deseja sinceramente fazer a vontade de Deus. Mas tem espírito brioso e é tímida, recuando ante o temor da censura. Para ela, ser sujeita a observações ou comentários, é como a morte. Que ames, honres e acarinhes a esposa, em cumprimento do voto matrimonial, e ela superará essa atitude triste, acanhada que lhe é natural. -- Testimonies for the Church 2:416 (1870). A alma anseia por amor mais elevado MCP1 214 3 Tua esposa deve fazer grande esforço para vencer a atitude esquiva, seu dignificado retraimento, e cultivar a simplicidade em todos os atos. E uma vez que sejam em ti despertadas e fortalecidas pelo exercício as faculdades de ordem mais elevada, compreenderás melhor as carências da mulher; compreenderás que a alma suspira por um amor de espécie mais elevada e mais pura do que a que existe na ordem inferior das paixões animalescas. Estas paixões, tu as fortaleceste, animando-as e exercitando-as. Se agora, no temor do Senhor, sujeitares o físico, e procurares ir ao encontro da esposa com amor puro e elevado, serão satisfeitas as necessidades da natureza dela. Achega-a ao coração; tem-na em alta conta. -- Testimonies for the Church 2:415 (1870). O amor encontra expressão em palavras e atos MCP1 215 1 L _____ precisa cultivar o amor à esposa, amor que encontre expressão em palavras e atos. Deve cultivar terna afeição. A esposa tem natureza sensível, insegura e precisa ser tratada com carinho. Cada palavra de ternura, cada expressão de apreço e afetuosa animação, serão por ela lembrados e refluirão em bênçãos ao marido. Sua natureza pouco simpática precisa ser levada em íntimo contato com Cristo, a fim de que essa dureza e fria reserva seja subjugada e abrandada pelo amor divino. MCP1 215 2 Não constitui fraqueza ou renúncia da varonilidade e da dignidade, ter para com a esposa expressões de ternura e simpatia, em palavras e atos; e não se restrinja isso ao círculo familiar, mas estenda-se aos de fora da família. L _____ tem uma obra a fazer por si mesmo que nenhum outro pode fazer por ele. Ele pode tornar-se forte no Senhor, assumindo encargos em Sua causa. Sua afeição e amor devem centrar-se em Cristo e nas coisas celestiais, e deve ele formar um caráter para a vida eterna. -- Testimonies for the Church 3:530, 531 (1875). Pequeninos atos que revelam verdadeiro amor MCP1 215 3 O amor não pode existir sem revelar-se em atos exteriores, tanto quanto não pode a chama ser conservada viva sem combustível. Irmão C, julgaste ser abaixo de tua dignidade manifestar ternura mediante atos bondosos e vigiando por uma oportunidade de demonstrar afeto pela esposa por palavras ternas e bondosa consideração. És volúvel em teus sentimentos e és muito afetado pelas circunstâncias do ambiente. ... Deixa tuas preocupações, perplexidades e aborrecimentos comerciais quando vais para casa. Vai ter com a família com semblante prazenteiro, com simpatia, ternura e amor. Isto será melhor do que despender dinheiro com remédios e médicos para a esposa. Será saúde para o corpo e força para a alma. -- Testimonies for the Church 1:695 (1868). MCP1 216 1 Que a paciência, a gratidão e o amor mantenham no coração a luz solar, seja embora o dia muito nublado. -- A Ciência do Bom Viver, 393 (1905). O poder do exemplo dos pais MCP1 216 2 A melhor maneira de ensinar os filhos a respeitar os pais é dar-lhes a oportunidade de ver o pai dar bondosa atenção à mãe e esta mostrar respeito e reverência pelo pai. É pelo contemplar o amor nos pais que os filhos são levados a obedecer ao quinto mandamento e a aceitar a injunção: "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porque isto é justo." -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1892; O Lar Adventista, 198, 199. O amor de Jesus refletido nos pais MCP1 216 3 Havendo a mãe conquistado a confiança dos filhos e lhes ensinado a amá-la e obedecer-lhe, deu-lhes a primeira lição na vida cristã. Devem eles amar o Salvador, obedecer-Lhe e nEle confiar, como confiam em seus pais e lhes obedecem. O amor que em fiel cuidado e correto ensino os pais manifestarem pelos filhos em certo grau refletirá o amor de Jesus por Seu fiel povo. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1911; O Lar Adventista, 199. O amor materno ilustra o amor de Cristo MCP1 216 4 Quando a mãe ensina os filhos a obedecerem-lhe porque a amam, está ensinando as primeiras lições na vida cristã. O amor da mãe representa para a criança o amor de Cristo, e os pequenos que confiam em sua mãe e lhe obedecem, estão aprendendo a confiar no Salvador e obedecer-Lhe. -- O Desejado de Todas as Nações, 515 (1898). Jamais esquecida a influência de um lar cristão MCP1 216 5 O lar embelezado pelo amor, a simpatia e a ternura, é lugar que os anjos gostam de visitar, e onde Deus é glorificado. A influência de um lar cristão cuidadosamente protegido nos anos da infância e mocidade, é a mais segura salvaguarda contra as corrupções do mundo. Na atmosfera de um lar assim, as crianças aprenderão a amar tanto a seus pais terrestres como a seu Pai celestial. -- Manuscrito 126, 1903; O Lar Adventista, 19. MCP1 217 1 As relações de família devem ser santificadoras em sua influência. Os lares cristãos, estabelecidos e dirigidos em harmonia com o plano de Deus, são maravilhoso auxílio no formar o caráter cristão. ... Pais e filhos se devem unir em oferecer amorável serviço Àquele que, unicamente, pode guardar puro e nobre o amor humano. -- Manuscrito 16, 1899; O Lar Adventista, 19. ------------------------Capítulo 25 -- Amor e sexualidade na vida humana MCP1 218 1 Nota: Ellen White viveu e labutou numa época em que havia grandes restrições quanto a falar em público ou escrever acerca de sexo e do relacionamento sexual entre marido e mulher. MCP1 218 2 Casou-se com Tiago White, em 30 de Agosto de 1846, depois de certificar-se, mediante oração, de ser esse um passo adequado. Convém notar que ela ia bem em seu ministério, pois havia vinte meses que ela era recebedora de visões do Senhor. Em resultado dessa união com Tiago White, teve quatro filhos, nascidos em 1847, 1849, 1854 e 1860. MCP1 218 3 Foi na década de 1860 -- década de duas visões básicas sobre a reforma de saúde (6-6-1863 e 25-12-1865) -- que Ellen G. White começou a considerar assuntos relacionados com o sexo. Declarações de anos posteriores foram mais elaboradas. Referindo-se às relações sexuais no matrimônio, ela empregou termos como: "privilégio da relação matrimonial", "privilégio da relação familiar", "privilégios sexuais". MCP1 218 4 Para alcançar um conceito exato e equilibrado dos ensinos de Ellen White neste campo delicado, umas declarações devem ser comparadas com outras. Deve ser observada a súmula de muitas declarações. Deve haver muito cuidado quanto ao sentido das palavras empregadas. MCP1 218 5 Termos como "paixão" e "propensão" aparecem. São às vezes adjetivadas por palavras como vis, animalescas, concupiscentes, depravadas, corruptas. Esta linguagem forte poderia levar alguns leitores a entender que toda paixão seja condenável e toda a atividade sexual seja má. As citações seguintes dificilmente tal sustentariam: MCP1 218 6 Deus requer que controleis não só os pensamentos, mas também vossas paixões e afeições. ... A paixão e as afeições são agentes poderosos. ... Resguardai positivamente vossos pensamentos, vossas paixões e vossas afeições. Não os degradeis, pondo-os concupiscência. Elevai-as [as paixões e afeições] até à pureza, dedicai-as a Deus. -- Testimonies for the Church 2:561, 564 (1870). ["Paixão" no sentido de sentimento forte e profundo. Nota do trad.] MCP1 219 1 Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. -- Manuscrito 1, 1888; O Lar Adventista, 128. MCP1 219 2 No mesmo contexto no qual são usadas algumas das expressões fortes acima referidas, ela insta que as paixões devem ser controladas por aquilo a que ela chama "faculdades mais altas, mais nobres", "razão", "restrição moral" e "faculdades morais". Ela escreve sobre temperança e moderação, e sobre o evitar excessos. No matrimônio, essas paixões comuns a todos os seres humanos devem ser sujeitas ao controle, devem ser dominadas. Notemos mais: MCP1 219 3 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, resguardadas por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. -- Healthful Living 2:48. MCP1 219 4 Muito poucos julgam ser dever religioso o governar suas paixões. ... A aliança matrimonial cobre pecados das mais negras cores. ... Saúde e vida são sacrificadas no altar da vil paixão. As faculdades elevadas e nobres são postas em sujeição às propensões animalescas. ... O amor é princípio puro e santo; mas a paixão concupiscente não admite restrição e não quer saber de ditames ou controle por parte da razão. -- Testimonies for the Church 2:472, 473 (1870). MCP1 219 5 Escreve ela sobre a relação matrimonial como "instituição sagrada", passível de ser "pervertida". Fala de "privilégios sexuais" que "são abusados". Em outra parte, não é a paixão que é condenada, mas a paixão "vil" e "concupiscente". E convém observar que Ellen White se refere à intimidade no casamento como "privilégio". Conquanto ela advertisse contra o grosseiro comportamento sexual no matrimônio, ela se referiu a uma ocasião em que as afeições, mantidas em devida restrição, podem ser "desalgemadas". Merece atento exame a declaração seguinte: MCP1 219 6 Com referência ao casamento, eu diria: Lede a Palavra de Deus. Mesmo na atualidade -- os últimos dias da história deste mundo -- realizam-se casamentos entre os adventistas do sétimo dia. ... Como um povo, nunca proibimos o casamento, exceto nos casos em que havia razões óbvias para que do casamento resultasse miséria para ambas as partes. E mesmo então, temos apenas advertido e aconselhado. -- Carta 60, 1900. MCP1 219 7 Certa ocasião que, devido às exigências da obra em que ela e o esposo se empenhavam, a metade de um continente os separava, ela confidenciou, em carta a Tiago: MCP1 219 8 Sentimos todos os dias um muito sincero desejo de mais sagrada proximidade de Deus. Esta é minha oração quando me recolho ao leito, quando desperto durante a noite, e quando me levanto de manhã. Mais perto a Ti, Meu Deus, mais perto a Ti. ... MCP1 220 1 Durmo só. Isto parece ser a preferência de Maria, como a minha também. Assim tenho melhor oportunidade para refletir e orar. Aprecio estar só comigo, a menos que fosse agraciada com tua presença. Só contigo quero partilhar meu leito. -- Carta 6, 1876. MCP1 220 2 Em tempo algum ela participou de ensinos que requeressem, no matrimônio, uma espécie de convívio platônico, semelhante ao de irmão com irmã, nem justificou tal relacionamento. Quando tratava com alguém que preconizasse ensinos dessa natureza, Ellen White aconselhava contra a imposição desses pontos de vista. Demorar neles o pensamento, escreveu ela, abriria o caminho para Satanás trabalhar "a imaginação de maneira que a impureza" em vez da pureza seria o resultado. -- Carta 103, 1894. MCP1 220 3 Para cada privilégio lícito, concedido por Deus, Satanás tem uma contrapartida a propor. O pensamento puro e santo ele procura substituir pelo impuro. A santidade do amor matrimonial ele quer substituir pela permissividade, infidelidade, excesso e perversão; pelo sexo pré-marital, adultério, animalismo, dentro e fora do matrimônio, e a homossexualidade. A tudo isto faz referência este capítulo. -- Compiladores. (a) o positivo (Palavras de privilégio e conselho) Jesus e o relacionamento familiar MCP1 220 4 Jesus não impunha o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la a sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta domina o equilíbrio. -- Manuscrito 126, 1903; O Lar Adventista, 121. MCP1 220 5 [Cristo] ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. -- A Ciência do Bom Viver, 356 (1905). O matrimônio cumpre o propósito de Deus MCP1 220 6 Todos os que contraem matrimônio com santo propósito -- o marido para conquistar as puras afeições do coração da esposa; a esposa para abrandar e aperfeiçoar o caráter do esposo e ser-lhe complemento -- preenchem o propósito que Deus tem para eles. -- Manuscrito 16, 1899; O Lar Adventista, 99. O privilégio da relação matrimonial MCP1 221 1 Eles [os cristãos que casaram] devem devidamente considerar o resultado de cada um dos privilégios da relação matrimonial, e o santificado princípio deve ser a base de cada uma das ações. -- Testimonies for the Church 2:380 (1870). MCP1 221 2 [Ela escreveu das] "fortificações que conservam sagrados a intimidade [privacy] e privilégios da relação familiar". -- Testimonies for the Church 2:90 (1868). Ocasião em que as afeições podem ser liberadas MCP1 221 3 As afeições juvenis devem ser refreadas, até chegar o período em que a idade suficiente e a experiência tornarão honrosa e segura a sua manifestação. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 8 (1864); Mensagens aos Jovens, 452. Perigo de levar a excesso o que é lícito MCP1 221 4 Não há em si mesmo nenhum pecado em comer e beber, ou em casar e dar-se em casamento. Era lícito casar nos tempos de Noé, e ainda o é igualmente hoje, se isso que é lícito for tratado apropriadamente e não levado a pecaminoso excesso. ... MCP1 221 5 Nos dias de Noé era o desordenado, excessivo amor daquilo que, em si, era legítimo, se usado apropriadamente, que tornou o matrimônio pecaminoso diante de Deus. Nesta idade do mundo há muitos a perderem a alma, tornando-se absorvidos pelo pensamento de casar-se, e pela relação matrimonial em si. ... MCP1 221 6 Deus pôs homens no mundo, e é seu privilégio comer, beber, negociar, casar e dar-se em casamento; mas só é seguro fazer essas coisas no temor de Deus. Devemos viver neste mundo em função do mundo eterno. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. O matrimônio não é licença para dar rédea solta a paixões concupiscentes MCP1 221 7 Bem poucos sentem ser um dever religioso governar as próprias paixões. Uniram-se em casamento ao objeto de sua escolha e portanto arrazoam que o casamento santifique a condescendência com as paixões baixas. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões concupiscentes e não se dão conta de que Deus os tem como responsáveis pelo dispêndio de energia vital, o que lhes enfraquece o poder vital e enerva o organismo todo. MCP1 222 1 A aliança matrimonial cobre pecados das mais negras cores. Homens e mulheres que professam piedade, envilecem seu próprio corpo mediante a condescendência com as corruptas paixões, e assim se rebaixam mais que as criaturas irracionais. Abusam das faculdades que Deus lhes concedeu, para serem preservadas em santificação e honra. Saúde e vida são sacrificadas no altar da vil paixão. As mais elevadas e nobres faculdades são postas em sujeição às propensões animalescas. Os que assim pecam, não se apercebem do resultado de seu procedimento. -- Testimonies for the Church 2:472 (1870); Testemunhos Selectos 1:267, 268. O delicado equilíbrio entre amor e paixão concupiscente MCP1 222 2 Não é amor puro o que atua num homem para fazer da esposa um instrumento a serviço de seu apetite sensual. São as paixões animalescas que bradam por satisfação. MCP1 222 3 Quão poucos homens mostram seu amor na maneira especificada pelo apóstolo: "Como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para que a [não poluísse, mas] santificasse, tendo-a purificado... para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula." Efésios 5:25-27. Esta é, na relação matrimonial, a qualidade de amor que Deus reconhece como santa. MCP1 222 4 É o amor um princípio puro e santo, mas a paixão concupiscente não admite restrições nem que lhe ditem regras ou o controle da razão. É cega às conseqüências, e não raciocina da causa para o efeito. MCP1 222 5 Muitas mulheres sofrem grande debilidade e doenças crônicas porque as leis de seu ser foram desprezadas; pisadas a pés foram a leis da natureza. A energia nervosa do cérebro é esbanjada por homens e mulheres, sendo chamado à ação contrária à natureza, para satisfazer paixões vis; e este hediondo monstro -- a paixão baixa e vil -- assume o delicado nome de amor. -- Testimonies for the Church 2:473, 474 (1870); Testemunhos Selectos 1:268, 269. O amor em contraste com a paixão do coração humano natural MCP1 223 1 O amor... não é desarrazoado; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa totalmente diversa. Ao passo que o amor puro introduz a Deus em todos os seus planos, e está em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão é obstinada, precipitada, desarrazoada, desafiadora de toda restrição, e torna o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á a graça de Deus. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; O Lar Adventista, 50. Os ditames da razão devem controlar MCP1 223 2 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. -- Healthful Living 2:48 (1865); Mensagens Escolhidas 2:440. Manter as confidências dentro do sagrado círculo familiar MCP1 223 3 Em torno de cada família existe um círculo sagrado que deve ser mantido inviolável. Nenhuma outra pessoa tem o direito de entrar nesse círculo. Nem o marido nem a esposa permitam que outro partilhe das confidências que somente a eles pertencem. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). (b) o negativo (Palavras de restrição e cautela) O casamento não se destina a acobertar sensualidade e práticas vis MCP1 223 4 Deus nunca pretendia que o casamento acobertasse a multidão de pecados que se praticam. A sensualidade e práticas vis, na relação matrimonial, estão iniciando a mente e o gosto moral, em práticas desmoralizadoras, fora da relação matrimonial. -- The Review and Herald, 24 de Maio de 1887. Excessos sexuais põem em perigo a saúde e a vida MCP1 223 5 Não é amor puro e santo o que leva a esposa a satisfazer as propensões animalescas do marido, com prejuízo da saúde e da vida. ... MCP1 224 1 Talvez seja necessário insistir humilde e afetuosamente, mesmo com risco de o desagradar, em que ela não pode rebaixar o corpo, cedendo a excessos sexuais. Deve, bondosa e ternamente, lembrar-lhe que Deus tem o primeiro e mais alto direito sobre o ser todo, e que ela não pode desconsiderar esse direito, pois terá que prestar contas no grande dia de Deus. -- Testimonies for the Church 2:475 (1870); Testemunhos Selectos 1:270. MCP1 224 2 O excesso sexual é meio eficaz para destruir o amor aos exercícios devocionais; tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a exaurir a vitalidade. -- Testimonies for the Church 2:477 (1870); Testemunhos Selectos 1:272. Perversão de uma instituição sagrada MCP1 224 3 Por terem ingressado na relação matrimonial, muitos julgam poder concordar com ser controlados por paixões animalescas. São dirigidos por Satanás, que os engana e leva a perverterem essa sagrada instituição. Bem lhe apraz o baixo nível que seu espírito assume, pois ele tem muito a ganhar com isso. MCP1 224 4 Ele sabe que, se puder excitar as paixões inferiores e as conservar em ascendência, nada tem que incomodar-se quanto a sua experiência cristã, pois as faculdades morais e intelectuais serão subordinadas, ao mesmo tempo que as propensões animalescas predominarão, mantendo-se em ascendência; e essas paixões inferiores se fortalecerão pelo exercício, enquanto as qualidades mais nobres se tornarão cada vez mais débeis. -- Testimonies for the Church 2:480 (1870). O abuso dos privilégios sexuais no matrimônio MCP1 224 5 As paixões animalescas, favorecidas e acariciadas, tornam-se muito fortes nessa idade, e indizíveis males da vida matrimonial são resultado certo. Em vez de a mente desenvolver-se e ter poder controlador, dominam as propensões animalescas sobre as faculdades mais altas e nobres, até serem subordinadas às propensões animalescas. Qual o resultado? Os delicados órgãos da mulher desgastam-se e tornam-se enfermiços; os partos são laboriosos; abusam-se dos privilégios sexuais. MCP1 225 1 Os homens estão corrompendo seu próprio corpo, e a esposa tem-se tornado uma escrava do leito, às ordens das desordenadas e vis paixões, até aqueles perderem de vista o temor de Deus. Condescender com o impulso que degrada tanto o corpo como a alma, eis a ordem da vida matrimonial. -- Manuscrito 14, 1888. Influências pré-natais MCP1 225 2 Satanás procura aviltar a mente dos que se unem em matrimônio, a fim de que possa gravar em seus filhos sua própria odiosa imagem. ... MCP1 225 3 Ele pode modelar a posteridade deles muito mais rápido do que o poderia fazer com os pais, pois pode controlar a mente dos pais de tal modo que através deles possa imprimir sua própria imagem de caráter nos filhos. Assim, nascem muitas crianças com as paixões animalescas em grande predominância, enquanto as faculdades morais têm apenas débil desenvolvimento. Essas crianças carecem de muito cuidadosa educação, para fazer ressaltar, fortalecer e desenvolver as faculdades morais e intelectuais, de modo que essas governem. -- Testimonies for the Church 2:480 (1870). O processo da degradação MCP1 225 4 A mente do homem ou mulher não desce num momento, da pureza e santidade para a depravação, corrupção e crime. Leva tempo, o transformar o humano para o divino, ou para degradar os formados à semelhança de Deus ao brutal ou satânico. MCP1 225 5 Contemplando, somos transformados. Embora formado em semelhança de seu Criador, pode o homem educar a mente de forma que o pecado, que ele odiava, tornar-se-lhe-á agradável. Deixando de vigiar e orar, deixa ele de guardar a cidadela, o coração, e se entrega ao pecado e crime. A mente é aviltada, e é impossível erguê-la da corrupção, enquanto ela é ensinada a escravizar as faculdades morais e intelectuais, pondo-as em sujeição a grosseiras paixões. MCP1 225 6 Tem de ser mantida constante guerra contra a mente carnal; e temos de ser socorridos pela enobrecedora influência da graça de Deus, que atrairá a mente para cima e a habituará a meditar nas coisas puras e santas. -- Testimonies for the Church 2:478, 479 (1870). Conselho às mulheres MCP1 226 1 Escrevo com mágoa no coração, que as mulheres deste século, casadas ou não, com demasiada frequência não mantêm a reserva que é de esperar. Elas agem como coquetes. Encorajam a atenção de homens casados e solteiros, e os que possuem faculdades morais debilitadas são enredados. MCP1 226 2 Estas coisas, se permitidas, adormentam o sentido moral e cegam a mente, de maneira que o crime não parece pecaminoso. São despertados pensamentos que o não seriam se a mulher tivesse mantido sua posição de modéstia e sobriedade. Ela pode não ter tido propósito doloso ou premeditado motivo, mas tem encorajado homens que são tentados, e que necessitam toda ajuda que possam obter dos que com eles se associam. MCP1 226 3 Mediante circunspecção, reserva, não tomando liberdades, não recebendo atenções não permissíveis, mas preservando alto tono moral e impecável dignidade, muito mal pode ser evitado. -- Manuscrito 4a, 1885; O Lar Adventista, 331, 332. Mulheres como tentadoras MCP1 226 4 Não deveriam as mulheres que professam a verdade manter estrita guarda sobre si mesmas, para que não seja dado o menor estímulo a uma familiaridade indesculpável? Elas podem cerrar muitas portas de tentação, se a todo o tempo observarem estrita reserva e comportamento apropriado. -- Testimonies for the Church 5:602 (1889). MCP1 226 5 As mulheres muitas vezes são tentadoras. Sob um ou outro pretexto, granjeiam a atenção de homens, casados ou solteiros, e os vão levando até que transgridam a lei de Deus, até que se arruíne sua utilidade, e esteja em risco sua alma. -- Testimonies for the Church 5:596 (1889). Pastor compassivo MCP1 226 6 Sede homens de Deus, do lado vencedor. O conhecimento está ao alcance de todos que o desejem. É propósito de Deus que a mente se torne forte, tenha pensamentos mais profundos, mais plenos, mais claros. Andai com Deus, como fez Enoque; fazei de Deus vosso conselheiro e não podereis deixar de progredir. ... MCP1 227 1 Homens há que alegam guardar os mandamentos divinos, e todavia, ao visitar as ovelhas do rebanho de Deus que se acham aos seus cuidados, levam almas incautas a uma cadeia de pensamentos que acabam em desavergonhadas liberdades e familiaridades. ... MCP1 227 2 Ele [certo pastor], quando visita as famílias, começa a indagar dos segredos de sua vida matrimonial. Vivem felizes com o esposo? Sentem-se apreciadas? Há harmonia em sua vida matrimonial? E assim a esposa, de nada suspeitando, por essas perguntas capciosas é levada a abrir-se quanto à vida íntima, a um estranho, tal qual fazem os católicos aos seus sacerdotes. MCP1 227 3 Então esse pastor simpatizante intercala um capítulo de sua própria vivência: que sua esposa não foi a mulher de sua escolha; que não existe entre eles real afinidade. Ele não ama a esposa. Ela não satisfaz a suas expectativas. Derriba-se assim a barreira, e mulheres são seduzidas. Acreditam que sua vida é toda uma grande decepção, e que esse pastor simpatiza muito com o rebanho. É animado o apaixonado sentimentalismo doentio, e mente e alma têm manchadas sua pureza; mesmo que esta espécie de trabalho não termine em transgressão do sétimo mandamento. MCP1 227 4 Pensamentos poluídos abrigados, tornam-se hábito, e a alma se polui e conspurca. Uma vez praticado um ato errado, faz-se uma mancha que coisa alguma pode apagar senão o sangue de Cristo; e se o hábito não é abandonado com firme resolução, corrompe-se a alma, e as torrentes que dimanam dessa fonte poluída, passam a corromper outros. Sua influência é uma desgraça. Deus certamente destruirá todos os que continuarem essa obra. ... MCP1 227 5 Devemos elevar-nos, enobrecer-nos, santificar-nos. Em Jesus encontramos forças para vencer; mas quando ao caráter falta pureza, quando o pecado se tornou parte do caráter, há um poder enfeitiçante, comparável à taça de licor intoxicante. O poder do domínio próprio e da razão é superado por práticas que mancham o ser todo; e se essas práticas pecaminosas são continuadas, o cérebro se enfraquece, enferma e perde o equilíbrio. -- Carta 26d, 1887. Homens, mulheres e jovens envolvidos em depravação moral MCP1 228 1 Os perigos morais aos quais todos, velhos e jovens, se acham expostos aumentam diariamente. Transtornos morais, aos quais chamamos depravação, encontram amplo lugar de trabalho, e homens, mulheres e jovens que professam ser cristãos exercem uma influência que é inferior, sensual, diabólica. -- Carta 26d, 1887. MCP1 228 2 Satanás está empregando esforços de mestre, para envolver em práticas impuras homens e mulheres casados, e crianças e jovens. Suas tentações encontram aceitação em muitos corações, por não terem sido eles erguidos, purificados, aperfeiçoados e enobrecidos pela sagrada verdade que professam crer. Não poucos têm sido baixos e vis em pensamento, e vulgares na conversa e comportamento, de modo que ao virem as tentações de Satanás, não têm poder moral, para lhes resistir e caem presa fácil. -- Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 199. Os passos descendentes MCP1 228 3 As constantes tentações de Satanás destinam-se a enfraquecer o governo do homem sobre o próprio coração, solapar seu poder de domínio próprio. Ele leva o homem a romper os laços que o ligam ao Criador, em santa e feliz união. MCP1 228 4 Então, uma vez desligado de Deus, a paixão alcança o controle sobre a razão, o impulso sobre os princípios, e ele se torna pecaminoso em pensamento e ação, perverte-se-lhe o juízo, o intelecto parece debilitado, e ele precisa restaurar-se para si mesmo mediante a restauração para com Deus, tendo uma correta visão de si próprio à luz da Palavra de Deus. -- Carta 24, 1890. Evitar ler, ver e ouvir impureza MCP1 228 5 Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas possa sugerir. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a alma vagará em trevas. -- Atos dos Apóstolos, 518 (1911). MCP1 229 1 Tereis de tornar-vos fiéis sentinela sobre os olhos, ouvidos, e vossos sentidos todos, se quereis controlar vossa mente e impedir que pensamentos vãos e corruptos vos manchem a alma. O poder da graça, unicamente, pode realizar esta desejabilíssima obra. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870). Novelas lascivas e pornografia MCP1 229 2 Gravuras impuras têm influência corruptora. Novelas são avidamente ouvidas por muitos, e em resultado, a imaginação torna-se-lhes manchada. MCP1 229 3 Nos trens, fotografias de mulheres em estado desnudo são frequentemente oferecidas à venda. Esses quadros repugnantes encontram-se também em salões de daguerreotipia [estúdios fotográficos], e são dependurados nas paredes dos que negociam com gravuras. É esta uma época em que a corrupção prolifera por toda parte. MCP1 229 4 A concupiscência dos olhos e paixões corruptas despertam-se pela contemplação e a leitura. ... A mente tem prazer em contemplar cenas que despertam as paixões baixas, vis. Essas imagens depravadas, vistas por olhos de uma imaginação viciada, corrompem a moral e predispõem os iludidos e obcecados seres humanos a darem rédea solta às paixões libidinosas. Seguem-se então pecados e crimes que arrastam para baixo seres formados à imagem de Deus, nivelando-os aos irracionais, afundando-os afinal na perdição. Evitai ler e ver objetos que sugiram pensamentos impuros. Cultivai as faculdades morais e intelectuais. -- Testimonies for the Church 2:410 (1870). A mente, fator determinante MCP1 229 5 Diz Paulo: "Com a mente sou escravo da lei de Deus". Romanos 7:25. Anuvie-se essa mente mediante condescendência com apetites e paixões animalescas, e as faculdades morais se enfraquecerão de modo que o sagrado e o comum são postos no mesmo nível. -- Carta 2, 1873. Masturbação MCP1 230 1 Jovens e crianças de ambos os sexos entregam-se à polução moral [masturbação] e praticam esse vício repugnante, destruidor de alma e corpo. MCP1 230 2 Muitos professos cristãos ficam tão insensibilizados por essa prática que suas sensibilidades morais não podem ser despertadas para compreender que é pecado, e que, se continuada, o resultado certo será o completo naufrágio de corpo e espírito. O homem, o ser mais nobre da Terra, formado à imagem de Deus, transforma-se num animal! Faz de si mesmo um ser repulsivo e corrupto. MCP1 230 3 Todo cristão tem de aprender a restringir suas paixões e controlar-se por princípios. A menos que faça isso, será indigno do nome de Cristão. MCP1 230 4 Alguns que fazem alta profissão de fé não compreendem o pecado do abuso próprio e seus resultados seguros. O hábito firmado desde muito tempo, cegou-lhes o entendimento. Não reconhecem a grandíssima pecaminosidade desse pecado degradante, que enerva o organismo e destrói a energia nervosa do cérebro. MCP1 230 5 Os princípios morais são muitíssimo fracos quando entram em conflito com hábitos firmados. As solenes mensagens do Céu não podem impressionar vigorosamente o coração que não seja fortalecido contra a condescendência com esse vício degradante. Os nervos sensitivos do cérebro perderam seu tono sadio, pela mórbida excitação por satisfazer um desejo antinatural de condescendência sensual. Os nervos do cérebro, que comunicam com todo o organismo, são o único meio pelo qual o Céu pode comunicar-se com o homem e afetar sua vida íntima. MCP1 230 6 O que quer que perturbe a circulação das correntes elétricas do sistema nervoso, diminui a força dos poderes vitais, e o resultado é o amortecimento das sensibilidades mentais. -- Testimonies for the Church 2:347 (1870). MCP1 231 1 Algumas crianças começam a prática da polução própria na infância; e ao crescerem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com o seu fortalecimento. Não têm a mente tranqüila. Meninas desejam a companhia de rapazes, e estes a das meninas. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito do abuso próprio [masturbação] aviltou-lhes a mente e manchou-lhes a alma. -- Testimonies for the Church 2:481 (1870). Atividade sexual antes do casamento (conselho a um jovem adventista do sétimo dia) MCP1 231 2 Poucas tentações são mais perigosas ou mais fatais, aos jovens, do que a tentação da sensualidade, e nenhuma, se permitida, se demonstrará tão decididamente ruinosa à alma e ao corpo, para o tempo e a eternidade. ... MCP1 231 3 Foste-me mostrado em companhia [de N], durante horas da noite; bem sabes de que modo foram passadas essas horas. Chamaste-me pedindo que te dissesse se transgrediste os mandamentos de Deus. Pergunto-te: Não os transgrediste? MCP1 231 4 Como empregaste teu tempo passando horas juntos, noite após noite? Foram tua postura, tua atitude, tuas afeições de modo a desejar que todas fossem registradas no livro do Céu? Vi e ouvi coisas que fariam os anjos enrubescer. ... Jovem algum deve proceder como procedeste com N, a não ser que fosse casado com ela; e fiquei muito surpresa ao ver que não sentias mais vivamente o mal. MCP1 231 5 O motivo de te escrever agora é implorar que, por amor de tua alma, não brinques por mais tempo com a tentação. Sê rápido em romper esse encantamento que, qual pesadelo, te sobreveio. Liberta-te agora e para sempre, se tens qualquer desejo de viver sob o favor de Deus. ... MCP1 231 6 Tens passado horas da noite em companhia dela, porque ambos se achavam apaixonados. Em nome do Senhor, cessa tuas atenções a N ou te cases com ela. ... Melhor casar-te com ela, do que estar em sua companhia e procederes como só a um homem e sua esposa é dado conduzir-se mutuamente. ... MCP1 231 7 Se, através de tua vida, desejas fruir a companhia de N, como parece que agora a aprecias e por ela te sentes fascinado, por que então não dares um passo mais avançado ainda, tornando-te seu legítimo protetor, tendo assim o não disputado direito de dedicar a sua companhia as horas que quiser? Vossos atos e conversação são ofensivos a Deus. -- Carta 3, 1879. Homossexualismo, o pecado específico de Sodoma MCP1 232 1 Não ignoramos que a queda de Sodoma foi motivada pela corrupção de seus habitantes. O profeta [Ezequiel 16:49], especificou aqui os males que, especialmente, levaram à dissolução moral. Vemos que existem hoje no mundo os mesmíssimos pecados que predominavam em Sodoma, e que sobre ela acarretaram a ira de Deus, para completa destruição sua. -- The Health Reformer, Julho 1873; The S.D.A. Bible Commentary 4:1161. Em aumento os pecados dos antediluvianos e de Sodoma MCP1 232 2 Por toda parte se vêem destroços da humanidade, altares domésticos abandonados, laços de famílias desfeitos. Há um estranho abandono dos princípios, um rebaixamento das normas de moralidade; estão rápido aumentando os pecados que acarretaram os juízos de Deus sobre a Terra por ocasião do dilúvio e na destruição de Sodoma pelo fogo. -- Testimonies for the Church 5:601 (1889); Testemunhos Selectos 2:242. Invadem a igreja hoje MCP1 232 3 A impureza acha-se hoje amplamente difundida, mesmo entre os professos seguidores de Cristo. Não têm restrição as paixões; as propensões animalescas ganham força pela condescendência, enquanto as faculdades morais enfraquecem constantemente. ... MCP1 232 4 Os pecados que destruíram os antediluvianos e as cidades da planície prevalecem hoje -- não meramente em terras pagãs, não só entre os populares professos do cristianismo, mas mesmo entre os que declaram estar aguardando a vinda do Filho do homem. Se Deus vos apresentasse esses pecados tal qual aparecem a Sua vista, encher-vos-íeis de vergonha e terror. -- Testimonies for the Church 5:218 (1882). Cerrando os olhos à luz MCP1 232 5 A condescendência com as mais vis paixões levará muitíssimos a cerrar os olhos à luz, porque temem ver pecados que estão indispostos a abandonar. Todos vêem, se ver quiserem. Se preferem as trevas à luz, nem por isso sua criminalidade será menor. MCP1 233 1 Por que os homens e as mulheres não lêem, tornando-se inteligentes nesses assuntos que tão decididamente afetam sua força física, intelectual e moral? Deus vos deu uma habitação, para dela cuidardes e a preservardes nas melhores condições, para Seu serviço e glória. Vosso corpo não vos pertence. -- Testimonies for the Church 2:352 (1885); Testemunhos Selectos 1:262. (c) compensação e vitória (Palavras de promessa e esperança) Necessidade de sincero arrependimento e resoluto esforço MCP1 233 2 Os que corrompem o próprio corpo não podem fruir o favor de Deus antes de se arrependerem sinceramente, realizarem uma completa reforma e aperfeiçoarem a santidade, no temor do Senhor. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 29 (1864). MCP1 233 3 A única esperança para os que praticam hábitos vis é deixá-los para sempre, se é que dão qualquer valor à saúde aqui, e à salvação no além. Quando esses hábitos foram praticados por período de tempo bastante longo, requer-se resoluto esforço para resistir à tentação e recusar a corrupta condescendência. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 27 (1864). Controle da imaginação MCP1 233 4 A imaginação tem de ser positiva e persistentemente controlada se as paixões forem submetidas à razão, à consciência e ao caráter. -- Testimonies for the Church 2:562 (1870). Subordinados à vontade de Deus MCP1 233 5 Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que abrange ser cristão, sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões, não podem ser seguidores de Cristo. Estão demais devotados ao serviço de seu mestre, o originador de todo o mal, para abandonarem seus hábitos corruptos e escolherem o serviço de Cristo. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 9, 10 (1864); Orientação da Criança, 445, 446. Pensamentos, fator importantíssimo MCP1 234 1 Pensamentos impuros levam a impuros atos. Se Cristo for assunto de contemplação, os pensamentos ficarão largamente separados de qualquer assunto que levará a atos impuros. A mente se fortalecerá ao demorar sobre assuntos enobrecedores. Se educada a fluir no conduto da pureza e santidade, tornar-se-á sadia e vigorosa. Se educada a demorar em temas espirituais, ela naturalmente tomará esse rumo. Mas essa atração dos pensamentos para coisas celestiais não pode ser alcançada sem o exercício da fé em Deus e um fervoroso e humilde apoiar-se nEle para receber a força e graça que seja suficiente para qualquer emergência. -- Testimonies for the Church 2:408 (1870). O pecado dos devaneios (fantasiar) MCP1 234 2 És responsável perante Deus pelos teus pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 76. Pôr sob controle os pensamentos MCP1 234 3 Deves controlar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. ... MCP1 234 4 Deus requer que domines não só teus pensamentos mas também as paixões e afeições. Tua salvação depende de te governares nessas coisas. A paixão e afeição são agentes poderosos. Se mal aplicadas, se postas em operação por motivos injustos, se mal colocadas, são poderosas para realizar tua ruína e deixar-te um infeliz destroço, sem Deus e sem esperança. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 75, 76. Pensamentos acariciados tornam-se hábito MCP1 235 1 Pensamentos poluídos acariciados, tornam-se hábito, e a alma é ferida e manchada. Praticai uma vez uma ação má e forma-se uma mancha que coisa alguma pode remover senão o sangue de Cristo; e se o hábito não é abandonado com firme resolução, a alma se corrompe e as correntes que manam dessa fonte corruptora corrompem a outros. -- Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 197. Pensamentos controlados devidamente MCP1 235 2 Devemos ter em alta conta o devido controle dos nossos pensamentos, pois esse controle prepara o espírito e a alma para trabalharem de comum acordo pelo Mestre. É necessário, para nossa paz e felicidade nesta vida, que nossos pensamentos se centralizem em Cristo. Como o homem pensa, assim ele é. Nosso aperfeiçoamento na pureza moral depende do reto pensar e reto agir. ... MCP1 235 3 Os pensamentos maus destroem a alma. O poder de Deus para converter transforma o coração, enobrecendo e purificando os pensamentos. A menos que se faça resoluto esforço por manter os pensamentos centralizados em Cristo, não pode a graça revelar-se na vida. A mente tem de empenhar-se na milícia espiritual. Cada pensamento deve ser levado em cativeiro à obediência de Cristo. Todos os hábitos têm de ser postos sob o controle de Deus. MCP1 235 4 Precisamos de uma constante intuição do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da influência daninha dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros; pois a única segurança, para qualquer alma, está no pensar correto. Devemos servir-nos de todos os recursos que Deus nos pôs ao alcance para o governo e cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr nossa mente em harmonia com a mente divina. A verdade de Deus nos santificará, corpo, alma e espírito, e seremos habilitados a erguer-nos acima das tentações. -- Carta 123, 1904; Nos Lugares Celestiais, 164. Regime alimentar, fator importante MCP1 235 5 Nunca pode ser repetido demais que o que é levado ao estômago, não somente afeta o corpo, mas em última análise também a mente. Alimento grosseiro e estimulante agita o sangue, excita o sistema nervoso e com muita frequência embota a percepção moral de tal modo, que a razão e a consciência são subjugadas pelos impulsos sensuais. É difícil, e muitas vezes quase impossível, alguém que é intemperante no regime alimentar, ser paciente e exercer o domínio próprio. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134 (1890); Orientação da Criança, 461. A carne excita e fortalece as paixões inferiores MCP1 236 1 Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é excitar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar-se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos febricitante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser considerada sem levar em conta a saúde física, intelectual ou moral. -- Testimonies for the Church 2:352 (1869); Testemunhos Selectos 1:262. Dar morte à tentação MCP1 236 2 As mais baixas paixões têm sua sede no corpo, e por seu intermédio operam. As palavras "carne" ou "carnal" ou ainda "concupiscência da carne" envolvem a natureza inferior, corrupta; a carne por si mesma não pode agir contrariamente à vontade de Deus. É-nos ordenado crucificar a carne com suas afeições e concupiscências. Como o faremos? Devemos infligir sofrimento ao corpo? Não; mas dar morte à tentação do pecado. MCP1 236 3 Os pensamentos corruptos devem ser expulsos. Todo o pensamento deve ser levado cativo a Jesus Cristo. Toda propensão animal deve ser sujeita às faculdades mais altas da alma. O amor de Deus deve reinar supremo; Cristo deve ocupar um trono não dividido. Nosso corpo deve ser considerado como havendo sido comprado. Os membros do corpo devem tornar-se instrumentos de justiça. -- Manuscrito 1, 1888; O Lar Adventista, 127, 128. Substituir sugestões impuras, por pensamentos puros, enobrecedores MCP1 236 4 A mente tem de ser conservada a meditar em assuntos puros e santos. Uma sugestão impura tem de ser despedida imediatamente, entretendo-se pensamentos puros, elevados, santa contemplação, obtendo assim mais e mais conhecimento de Deus, pela educação da mente na contemplação de coisas celestiais. Deus tem meios simples à disposição de todo caso individual, suficientes para assegurar o grande objetivo -- a salvação da alma. MCP1 237 1 Resolvei alcançar uma norma alta e santa; colocai alto o vosso alvo; agi com propósito sincero, como fez Daniel, firmemente, perseverantemente, e coisa alguma que o inimigo possa fazer impedirá vosso aperfeiçoamento. A despeito de inconvenientes, mudanças, perplexidades, podeis progredir constantemente em vigor mental e poder moral. -- Carta 26d, 1887; Nos Lugares Celestiais, 237. Não crieis uma emergência MCP1 237 2 Toda paixão profana tem de ser mantida sob o controle de uma santificada razão, mediante a graça concedida abundantemente por Deus, em cada emergência. Não se procure, porém, tomar providências para criar uma emergência, não haja um ato voluntário para colocar alguém numa situação em que ele seja assaltado por tentações ou dê a menor ocasião para outros o julgarem culpado de indiscrição. -- Carta 18, 1891. Mantende-vos afastados da fronteira MCP1 237 3 Não procureis saber quão perto podeis andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitai a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Vosso capital é vosso caráter. Acariciai-o, como faríeis a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser acariciados firme e constantemente. ... MCP1 237 4 Não julgue ninguém que ele possa vencer sem o auxílio de Deus. Precisais ter a energia, a força, o poder, de uma vida interior produzida em vosso íntimo. Produzireis então frutos para a santificação e abominareis intensamente o vício. Deveis lutar constantemente para manter afastada a mundanidade, as conversas fúteis, tudo que é sensual, e vos propordes como alvo a nobreza da alma e um caráter imaculado. Vosso nome pode manter-se tão puro que não pode com justiça, ligar-se a qualquer coisa desonesta ou injusta; ao contrário, será respeitado por todos os bons e puros, e pode ser inscrito no livro da vida, do Cordeiro. -- Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 143, 144. Ou Satanás ou Cristo no controle MCP1 238 1 Quando a mente não está sob a direta influência do Espírito de Deus, Satanás pode moldá-la segundo lhe apraz. Todas as faculdades racionais que ele controla, torná-las-á carnais. Opõe-se diretamente a Deus em seus sentimentos, pontos de vista, preferências, gostos, desgostos, escolhas e conduta; não tem prazer naquilo que Deus ama ou aprova, mas deleita-se nas coisas que Ele despreza. ... MCP1 238 2 Se Cristo habita no coração, Ele estará em todos os nossos pensamentos. Nossos pensamentos mais profundos serão a Seu respeito, Seu amor, Sua pureza. Ele preencherá todas as câmaras do espírito. Nossas afeições centrar-se-ão em Jesus. Todas as nossas esperanças e expectativas serão relacionadas com Ele. Viver a vida presente pela fé no Filho de Deus, aguardando e amando Sua vinda, será a maior alegria da alma. Ele será a nossa coroa de glória. Nosso coração repousará em Seu amor. -- Carta 8, 1891; Nos Lugares Celestiais, 163. Vigilância vitalícia MCP1 238 3 Enquanto durar a vida haverá necessidade de resguardar as afeições e as paixões, com firme propósito. Há uma corrupção interna, há tentações externas, e onde quer que se deva promover a causa de Deus, Satanás planeja dispor as circunstâncias de modo que a tentação sobrevirá à alma com força avassalante. Nenhum momento podemos estar seguros, a não ser que estejamos confiantes em Deus, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. -- Carta 8b, 1891; The S.D.A. Bible Commentary 2:1032. Deus está preparando um povo MCP1 238 4 O povo de Deus deve não só saber Sua vontade, mas também praticá-la. Muitos serão removidos do número dos que conhecem a verdade, porque não são santificados por ela. A verdade tem de introduzir-se-lhes no coração, santificando-os e purificando-os de toda mundanidade e sensualidade da vida mais íntima. O templo de sua alma tem de ser purificado. Todo mau ato secreto que se pratique, é como se o fosse na presença de Deus e dos santos anjos, pois todas as coisas aparecem abertas perante Deus, e dEle coisa alguma pode ser escondida. ... MCP1 239 1 Deus está purificando um povo, de modo a terem mãos limpas e puro coração, para se apresentarem diante dEle no juízo. A norma tem de ser exalçada, purificada a imaginação; a paixão, acumulada em volta de práticas aviltantes tem de ser renunciada, e a alma erguer-se a pensamentos puros, práticas santas. Todos os que subsistirem ante as provas e tribulações iminentes, serão participantes da natureza divina, tendo escapado -- não participado -- da corrupção das paixões que há no mundo. 2 Pedro 1:4. -- The Review and Herald, 24 de Maio de 1887. ------------------------Capítulo 26 -- Amor fraternal O amor traz alegria MCP1 240 1 Eu desejaria dizer a meus irmãos de toda parte: Cultivai o amor de Cristo! Deve ele dimanar da alma do cristão quais torrentes no deserto, refrigerando e aformoseando, trazendo às vidas alheias e à própria, alegria, paz e felicidade. -- Testimonies for the Church 5:565 (1889). Exemplo de irresistível amor altruísta MCP1 240 2 Quanto mais intimamente nos assemelharmos ao nosso Salvador no caráter, tanto maior será nosso amor para com aqueles pelos quais Ele morreu. Os cristãos que manifestam mutuamente um espírito de amor altruísta estão dando, em favor de Cristo, um testemunho que os descrentes não podem contradizer nem a ele resistir. É impossível calcular o poder de semelhante exemplo. Coisa alguma com tanto êxito derrotará os estratagemas de Satanás e seus emissários, coisa alguma tanto contribuirá para erguer o reino do Redentor, como o fará o amor de Cristo manifestado pelos membros da igreja. -- Testimonies for the Church 5:167, 168 (1882). O próprio eu pode obscurecer o amor MCP1 240 3 O amor é um princípio ativo; conserva continuamente diante de nós o bem dos outros, refreando-nos de praticar atos desatenciosos, a fim de não falharmos em nosso objetivo de ganhar almas para Cristo. O amor não busca seus próprios interesses. Não levará os homens a ir após seu bem-estar e a satisfação do próprio eu. É o respeito que prestamos ao eu, que tantas vezes estorva o crescimento do amor. -- Testimonies for the Church 5:124 (1882). A humildade, fruto do amor MCP1 241 1 O amor não se vangloria. É elemento humilde; nunca estimula o homem a jactar-se, a exaltar-se. O amor a Deus e aos semelhantes não se manifestará em atos precipitados, nem nos levará a ser despóticos, críticos ou ditatoriais. O amor não se envaidece. O coração em que reina o amor, será levado a um procedimento delicado, cortês, compassivo para com os outros, quer satisfaçam ou não nossa fantasia, quer nos respeitem ou nos tratem mal. -- Testimonies for the Church 5:123, 124 (1882). O verdadeiro amor retrai o próprio eu MCP1 241 2 A devoção que Deus requer, revela-se em sincero amor às almas pelas quais Cristo deu a vida. Cristo habitando no coração será manifesto pelo amor que Ele requer de Seus discípulos. Seus filhos verdadeiros preferirão outros a si mesmos. Não buscam a melhor parte para si, em qualquer tempo ou qualquer lugar, porque não consideram os seus talentos superiores aos dos irmãos. Quando isto de fato acontece, o sinal será dado numa revelação do amor que Cristo manifestou pelas almas humanas -- amor abnegado, sincero, que preferiu o bem-estar de outros ao seu próprio. -- Manuscrito 121, 1899. O amor transforma o caráter MCP1 241 3 Aos que não conhecem a verdade, seja apresentado o amor de Jesus, e atuará qual fermento, para a transformação do caráter. -- Testimonies for the Church 8:60 (1904). Amor altruísta MCP1 241 4 Deus deseja que Seus filhos compreendam que, para O glorificarem, suas afeições devem ser dadas aos que mais delas necessitam. ... Nenhum egoísmo na expressão, em palavras ou atos deve ser manifestado quando a tratar com os da mesma preciosa fé, ... sejam eles elevados ou humildes, ricos ou pobres. O amor que dispensa boas palavras apenas a alguns, ao passo que outros são tratados com frieza e indiferença, não é amor, mas egoísmo. Não atuará de maneira alguma para o bem das almas ou a glória de Deus. Nosso amor... não deve limitar-se a alguns especiais, com negligência de outros. Parti o frasco, e a fragrância encherá a casa. -- Manuscrito 17, 1899; Nossa Alta Vocação, 229. As aptidões não substituem o amor MCP1 242 1 O muito falar, o farisaísmo e louvor em causa própria são abundantes; mas isso jamais ganhará almas para Cristo. O puro, santificado amor, este amor que se expressou na obra vitalícia de Cristo, é qual perfume sagrado. Como o partido vaso de ungüento, de Maria, enche de perfume toda a casa. Eloqüência, conhecimento da verdade, talentos raros, misturados com amor, são todos dotes preciosos. Mas a aptidão sozinha, os mais escolhidos talentos sozinhos, não podem tomar o lugar do amor. -- Testimonies for the Church 6:84 (1900). Liberalidade, prova de amor MCP1 242 2 A prova de nosso amor é dada num espírito semelhante ao de Cristo, na boa vontade de partilhar as boas coisas que Deus nos deu na espontaneidade em praticar a abnegação e o sacrifício a fim de ajudar a promover a causa de Deus e da humanidade sofredora. Nunca devemos passar por alto o objeto que solicita nossa liberalidade. Nós mostramos que passamos da morte para a vida quando procedemos como fiéis mordomos da graça de Deus. Deus nos concedeu os Seus bens; deu-nos Sua palavra empenhada de que, se formos fiéis em nossa mordomia, depositaremos no Céu tesouros que são imperecíveis. -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1900. Dedicar genuíno amor, sinal de discipulado MCP1 242 3 Não importa quão alta seja a profissão, aquele cujo coração não está pleno de amor a Deus e aos semelhantes, não é verdadeiro discípulo de Cristo. Embora possua grande fé, e tenha poder mesmo para operar milagres, todavia sem amor sua fé será de nenhuma valia. Poderá ostentar grande liberalidade; mas se ele por qualquer outro motivo que não o genuíno amor, entregar todos os seus bens para sustento dos pobres, o ato não o recomendará ao favor de Deus. Em seu zelo, poderia mesmo sofrer a morte de mártir, mas não sendo impulsionado por amor, seria considerado por Deus como iludido entusiasta, ou ambicioso hipócrita. -- Atos dos Apóstolos, 318, 319 (1911). O coração no qual reina amor MCP1 243 1 O coração no qual reina o amor não será tomado de paixão ou desejo de vingança, por ofensas que o orgulho e o amor-próprio julgariam insuportáveis. O amor não suspeita, sempre dando aos motivos e atos alheios a mais favorável estrutura. -- Testimonies for the Church 5:168, 169 (1882). MCP1 243 2 A atividade do exército de Satanás, o perigo que envolve a alma humana, reclama as energias de cada obreiro. Não será, porém, exercida compulsão. A depravação humana deve ser tratada com o amor, a paciência, a longanimidade de Deus. -- Testimonies for the Church 6:237 (1900). Peculiaridades corretas MCP1 243 3 Quando o homem é participante da natureza divina, o amor de Cristo é um princípio permanente na alma, e o próprio eu e suas peculiaridades não serão exibidos. -- Testimonies for the Church 6:52 (1900). Unicamente o amor de Cristo pode curar MCP1 243 4 Unicamente o amor que dimana do coração de Cristo, pode curar. Unicamente Aquele em quem flui aquele amor, assim como faz a seiva na árvore e o sangue no corpo, poderá restaurar a alma ferida. -- Educação, 113, 114 (1903). Prepara para qualquer eventualidade MCP1 243 5 Todo aquele que na verdade ama a Deus, terá o espírito de Cristo e um cálido amor aos irmãos. Quanto mais o coração da pessoa esteja em comunhão com Deus, e quanto mais suas afeições se centralizem em Cristo, tanto menos será ele perturbado pela rudeza e dificuldades que encontra nesta vida. -- Testimonies for the Church 5:483, 484 (1889); Testemunhos Selectos 2:187. A fraternidade jamais alcançada mediante comprometimento MCP1 244 1 Os que amam a Jesus e as almas pelas quais Ele morreu, seguirão as coisas que promovem a paz. Devem, porém, tomar cuidado para que, em seus empenhos por evitar a discórdia, eles não comprometam a verdade, e querendo guardar-se da divisão não sacrifiquem princípios. A verdadeira fraternidade jamais pode ser mantida pelo comprometimento com princípios. Ao aproximarem-se os cristãos do modelo da semelhança de Cristo, e tornarem-se puros em espírito e ação, sentirão o veneno da serpente. A oposição dos filhos da desobediência é excitada pela demonstração de um cristianismo que é espiritual. ... A paz e harmonia obtidas por mútuas concessões para evitar todas as diferenças de opinião, não merecem esse nome. Em casos de diferenças de opinião entre homem e homem, às vezes se devem fazer concessões; nunca, porém, se deve sacrificar um jota ou til do princípio para alcançar harmonia. -- The Review and Herald, 16 de Janeiro de 1900. O amor divino é imparcial MCP1 244 2 Cristo veio a este mundo com uma mensagem de misericórdia e perdão. Ele deitou os alicerces de uma religião pela qual judeus e gentios, pretos e brancos, livres e escravos, são unidos em uma fraternidade comum, reconhecidos como iguais à vista de Deus. O Salvador tem um amor ilimitado por todo ser humano. Em cada um Ele vê aptidões suscetíveis de melhoramento. Com divino vigor e esperança Ele visita aqueles pelos quais deu a vida. -- Testimonies for the Church 7:225 (1902). Estreita a fraternidade humana no abraço de Deus MCP1 244 3 O santificado amor de uns pelos outros é sagrado. Nesta grande obra o amor cristão mútuo -- mais elevado, mais constante, mais cortês, mais abnegado do que se tem visto -- preserva a ternura cristã, a benevolência e polidez cristãs e envolve a fraternidade humana no abraço de Deus, reconhecendo a dignidade de que Deus revestiu os direitos do homem. Esta dignidade os cristãos têm de sempre cultivar, para honra e glória de Deus. -- Carta 10, 1897; The S.D.A. Bible Commentary 5:1140, 1141. Vosso amor às almas é a medida de vosso amor a Deus MCP1 245 1 O amor revelado na vida de Cristo, de abnegação e sacrifício, deve ser visto na vida de Seus seguidores. Somos solicitados a "andar assim como Ele andou". ... É privilégio vosso andar tendo a luz do Céu a brilhar sobre nós. Foi assim que Enoque andou com Deus. Não era mais fácil para Enoque viver vida justa do que para nós, na atualidade. O mundo de seu tempo não era mais favorável ao crescimento na graça e santidade do que é agora. ... Vivemos em meio aos perigos dos últimos dias, e da mesma fonte temos de receber nossa força. Temos de andar com Deus. ... MCP1 245 2 Deus vos convida a pôr na obra toda a vossa força. Tereis de prestar contas do bem que poderíeis ter feito se tivésseis assumido atitude certa. É tempo de serdes coobreiros com Cristo e os anjos celestes. Despertareis? Há entre vós almas que carecem de vosso auxílio. Tendes sentido a preocupação de levá-las ao pé da cruz? Tende presente que, exatamente o grau de amor que tendes para com Deus, revelareis por vossos irmãos, e pelas almas que, fora de Cristo, estão perdidas, desgraçadas. -- The Review and Herald, 9 de Janeiro de 1900. Perfeito amor na igreja, o alvo de Cristo MCP1 245 3 Jesus poderia ter irradiado brilhantes raios de luz sobre os mais obscuros mistérios da ciência, mas não Se privava de um momento sequer para deixar de ensinar o conhecimento da ciência da salvação. Seu tempo, Seus conhecimentos, Suas faculdades, Sua própria vida, só os prezava como meios de efetuar a salvação de almas humanas. Oh! que amor, que inigualável amor! MCP1 245 4 Contrastai vossos esforços frouxos, sem vida, meio paralisados, com a obra do Senhor Jesus. Escutai Suas palavras, Sua oração ao Pai: "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que Me amaste esteja neles e Eu neles esteja." João 17:26. Que linguagem, esta! Quão profunda, quão ampla, quão plena! O Senhor Jesus deseja difundir Seu amor por intermédio de cada membro do corpo -- Sua igreja -- a fim de que a vitalidade desse amor possa circular através de todas as partes do corpo, e habitar em nós, como habita nEle. O Senhor então poderá amar o caído homem como ama a Seu próprio Filho; e declara que não ficará satisfeito com nada menos do que isso, em nosso favor. -- Manuscrito 11, 1892. ------------------------Capítulo 27 -- O amor de Deus Deus é amor MCP1 247 1 "Deus é amor." 1 João 4:16. Sua natureza, Sua lei, são amor; assim sempre será. "O Alto e o Sublime, que habita na eternidade" (Isaías 57:15), "cujos caminhos são eternos" (Habacuque 3:6), não muda. NEle "não há mudança nem sombra de variação". Tiago 1:17. MCP1 247 2 Toda manifestação do poder criador é uma expressão de amor infinito. A soberania de Deus compreende a plenitude de bênçãos a todos os seres criados. ... MCP1 247 3 A história do grande conflito entre o bem e o mal, desde o tempo em que, a princípio, se iniciou no Céu até à derrocada final da rebelião e extirpação total do pecado, é também uma demonstração do imutável amor de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 33 (1890). O amor de Deus demonstrado em a natureza MCP1 247 4 A Natureza e a Revelação, ambas dão testemunho do amor de Deus. Nosso Pai celeste é o manancial de vida, de sabedoria e de gozo. Contemplai as belas e maravilhosas obras da Natureza. Considerai a sua admirável adaptação às necessidades e à felicidade, não só do homem, mas de todas as criaturas viventes. O sol e a chuva, que alegram e refrigeram a terra; as colinas, e mares e planícies -- tudo nos fala do amor de quem tudo criou. É Deus quem supre as necessidades cotidianas de todas as Suas criaturas. ... MCP1 248 1 "Deus é amor", está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo -- todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos. -- Conflict and Courage, 9, 10 (1892). Mandamentos baseados sobre o princípio do amor MCP1 248 2 Os preceitos do decálogo são adaptados a toda a humanidade, e foram dados para a instrução e governo de todos. Dez preceitos breves, compreensivos, e dotados de autoridade, abrangem os deveres do homem para com Deus e seus semelhantes; e todos baseados no grande princípio fundamental do amor. -- Patriarcas e Profetas, 305 (1890). Jesus e a lei de compassivo amor MCP1 248 3 A lei de Deus é de caráter imutável, e por isso Cristo Se deu em sacrifício em favor do homem caído, e Adão perdeu o Éden, sendo posto à prova, com toda a sua posteridade. MCP1 248 4 Se a lei de Deus tivesse sido mudada em um só preceito, após a expulsão de Satanás do Céu, ele teria, depois de sua queda, alcançado na Terra aquilo que não pôde alcançar no Céu antes de sua queda. Teria recebido tudo que desejasse. Sabemos que ele não recebeu. ... A lei... permanece inalterável como o trono de Deus, e a salvação de cada alma é determinada pela obediência ou desobediência. ... Jesus, pela lei do compassivo amor, tomou sobre Si os nossos pecados, sofreu nosso castigo, e sorveu a taça da ira de Deus, que cabia ao transgressor. ... Carregou por nós a cruz da abnegação e sacrifício, para que tivéssemos vida -- vida eterna. Não havemos de carregar a cruz de Jesus? -- Carta 110, 1896; Para Conhecê-lo, 289. Natureza sensível, amorosa de Cristo MCP1 249 1 Sua vida, de princípio a fim, foi de abnegação e sacrifício. Na cruz do Calvário fez o grande sacrifício de Si mesmo em favor de todos os homens, para que todo o mundo pudesse salvar-se, se quisesse. Cristo estava oculto em Deus, e Deus Se revelava ao mundo no caráter de Seu Filho. ... MCP1 249 2 Em todos os atos de Sua vida, manifestava cada dia Seu amor ao mundo perdido. Os que estão imbuídos de Seu espírito, seguirão em seu trabalho as mesmas diretrizes segundo as quais Cristo trabalhava. Em Cristo se manifestaram, em natureza humana, a luz e o amor de Deus. Nenhum ser humano já possuiu natureza tão sensível como o Santo de Deus, sem pecado, o qual Se manifestou como cabeça e representante daquilo que a humanidade pode tornar-se mediante a comunicação da natureza divina. -- The Youth's Instructor, 16 de Agosto de 1894; Para Conhecê-lo, 288. O amor de Deus, um manancial divino MCP1 249 3 O amor de Deus é qualquer coisa mais que simples negação; é um princípio positivo e ativo, uma fonte viva, manando sempre para beneficiar os outros. Se o amor de Cristo habita em nós, não somente não nutriremos nenhum ódio contra nossos semelhantes, mas buscaremos por todos os modos manifestar-lhes amor. -- O Maior Discurso de Cristo, 58 (1896). O universo expressa o amor de Deus MCP1 249 4 Oxalá todos estimassem devidamente o precioso dom que nosso Pai celestial concedeu ao nosso mundo. Os discípulos achavam que eram incapazes de expressar o amor de Cristo. Só conseguiam dizer: "Nisto consiste o amor". 1 João 4:10. O Universo inteiro dá expressão a esse amor e à ilimitada bondade de Deus. MCP1 249 5 Deus poderia ter mandado Seu Filho ao mundo para condenar o mundo. Mas, maravilhosa graça! Cristo veio para salvar, não para destruir. Os apóstolos nunca tocavam nesse assunto sem que o coração se lhes inflamasse com a inspiração do incomparável amor do Salvador. O apóstolo João não encontra palavras para expressar seus sentimentos. Exclama: "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo." 1 João 3:1. Quanto o Pai nos amou, não podemos jamais avaliar. Não existe padrão pelo qual compará-lo. -- Carta 27, 1901. Satanás responsável pelo conceito de um Deus severo, cruel MCP1 250 1 Satanás levou o homem a imaginar Deus como um ser cujo principal atributo fosse a justiça severa -- um rigoroso juiz, e credor exigente e cruel. Representou o Criador como um ser que espreita desconfiado, procurando discernir os erros e pecados dos homens, para que possa trazer juízos sobre eles. Foi para dissipar essa negra sombra, revelando ao mundo o infinito amor de Deus, que Jesus baixou para viver entre os homens. -- Conflict and Courage, 11 (1892). O amor entre o pai e o filho, um símbolo MCP1 250 2 Por mais que um pastor ame as suas ovelhas, ama ainda mais a seus próprios filhos e filhas. Jesus não é somente o nosso Pastor; é nosso "eterno Pai". E Ele diz: "Conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai Me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai." João 10:14. Que declaração, esta! É Ele o Filho unigênito, aquele que Se acha no seio do Pai, Aquele que Deus declarou ser "o Varão que é o Meu companheiro" (Zacarias 13:7), e apresenta a união entre Ele e o eterno Deus como figura da que existe entre Ele e Seus filhos na Terra! -- O Desejado de Todas as Nações, 483 (1898). MCP1 250 3 Deus ama os seguidores de Cristo tal qual ama Seu Filho unigênito. -- Manuscrito 67, 1894. O amor de Cristo é uma energia vitalizante, sanadora MCP1 250 4 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vem com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). Recordando o amor de Deus MCP1 251 1 Graças a Deus pelos quadros luminosos que nos tem apresentado! Enfeixemos todas as benditas promessas de Seu amor, a fim de sobre elas poder deter continuamente o olhar. O Filho de Deus, deixando o trono do Pai, revestindo Sua divindade com a natureza humana a fim de resgatar o homem do poder de Satanás; o triunfo que obteve em nosso favor, abrindo ao homem a porta do Céu, revelando aos olhos humanos a câmara onde a Divindade manifesta Sua glória; a raça caída erguida do abismo da ruína em que o pecado a submergira, e novamente posta em ligação com o infinito Deus, e depois de resistir à divina prova mediante a fé em seu Redentor, revestida da justiça de Cristo, e exaltada a Seu trono -- eis os quadros que o Senhor deseja que contemplemos. -- Conflict and Courage, 118 (1892). O amor faz o nosso céu MCP1 251 2 É o amor de Cristo que faz o nosso Céu. Mas quando procuramos falar desse amor, a linguagem nos falha. Pensamos em Sua vida na Terra, em Seu sacrifício por nós; pensamos em Sua atuação no Céu como Advogado nosso; nas mansões que está preparando para os que O amam; e só podemos exclamar: "Oh, as alturas e profundezas do amor de Cristo!" Ao nos demorarmos junto à cruz, alcançamos uma pálida concepção do amor de Deus, e dizemos: "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." 1 João 4:10. Mas em nossa contemplação de Cristo, estamos apenas demorando à beirada de um amor que é imensurável. Seu amor é qual vasto oceano, sem fundo nem praia. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1902. O amor de Deus, infinito, inexaurível MCP1 251 3 Todo o amor paternal que tem vindo de geração em geração pelo conduto de corações humanos, todos os mananciais de ternura que têm dimanado da alma dos homens, são apenas qual pequenino regato, em relação ao ilimitado oceano, quando comparados com o infinito, inexaurível amor de Deus. Não o pode explicar a língua, nem a pena descrever. Podeis meditar nele a cada dia de vossa vida; podeis examinar as Escrituras diligentemente a fim de compreendê-lo; podeis convocar todas as faculdades e capacidades que Deus vos concedeu, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celestial; e todavia resta além uma infinitude. Podeis passar séculos estudando esse amor; entretanto nunca podereis compreender plenamente o comprimento e a largura, a profundidade e a altura, do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade jamais poderá revelá-lo plenamente. Entretanto, ao estudarmos a Bíblia e meditarmos sobre a vida de Cristo e o plano da redenção, esses grandiosos temas se abrirão mais e mais ao nosso entendimento. -- Testimonies for the Church 5:740 (1889); Testemunhos Selectos 2:337. O amor divino é progressivo MCP1 252 1 Ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 678 (1911). ------------------------Capítulo 28 -- Respeito próprio Aperfeiçoando o respeito próprio MCP1 255 1 Se desejamos fazer bem às almas, nosso êxito neste sentido será proporcional à sua confiança na confiança e estima que lhes dispensamos. O respeito manifestado à alma humana que luta é o seguro meio através de Cristo Jesus para restauração do respeito próprio perdido pelo homem. Nossas idéias antecipadas do que ele poderá tornar-se são um auxílio que não podemos apreciar completamente. -- Carta 50, 1893; Fundamentos da Educação Cristã, 281. Respeito pela dignidade do homem como homem MCP1 255 2 Sempre que não se ache envolvida uma questão de princípios, a consideração para com os outros nos levará à conformidade com os costumes aceitos; entretanto, a verdadeira cortesia não exige o sacrifício do princípio aos usos convencionais. Ela desconhece as castas. Ensina o respeito de si mesmo, respeito à dignidade do homem como homem, consideração por todo membro da grande fraternidade humana. -- Educação, 240 (1903). Manter o respeito próprio MCP1 255 3 Alguns daqueles com quem entrais em contato, podem ser rudes e descorteses; mas nem por isso, mostreis de vossa parte menos cortesia. Aquele que deseja manter o respeito próprio, deve ter cautela de não ferir desnecessariamente o dos outros. Essa regra deve ser sagradamente observada para com o mais néscio, o mais desajeitado. O que Deus pretende fazer com essas pessoas aparentemente não promissoras, vós não sabeis. Ele já tem aceito pessoas que não davam mais esperanças nem eram mais atraentes, para fazer uma grande obra para Ele. Seu Espírito, movendo-Se sobre o coração, tem despertado cada faculdade para uma ação vigorosa. O Senhor viu nessas pedras brutas, sem polimento, um material precioso, que haveria de suportar a prova da tempestade, do calor e da pressão. Deus não vê como os homens. Não julga pelas aparências, mas esquadrinha o coração, e julga com justiça. -- Obreiros Evangélicos, 122, 123 (1915), [no inglês]. A conscientização engendra o respeito próprio MCP1 256 1 Os homens de princípios não necessitam da restrição das fechaduras e das chaves, não precisam ser vigiados e guardados. Eles procederão verdadeira e honestamente em todo o tempo -- sozinhos, sem vista alguma a observá-los, bem como em público. Não trarão mácula alguma a sua alma por qualquer parcela de lucro ou vantagem egoísta. Desdenham do ato mesquinho. Embora pudesse nenhum outro saber isso, eles próprios o saberiam, e isso destruiria o seu respeito próprio. Os que não são conscienciosos e fiéis nas coisas pequenas não se reformariam, se houvesse leis, restrições e penalidades sobre o assunto. -- Special Testimonies to Physicians and Helpers, 62 (1879); Conselhos Sobre Saúde, 410. O respeito próprio tem de ser mantido firmemente MCP1 256 2 Devem-se manter firme e persistentemente a pureza moral, o respeito próprio e um resoluto poder de resistência. Não deve haver afastamento da discrição. Um ato de familiaridade, uma indiscrição, pode pôr em perigo a alma, abrindo a porta à tentação, diminuindo assim o poder de resistência. -- Health, Phylantropic and Medical Missionary Work 26 (1885); Conselhos Sobre Saúde, 295. O respeito aos outros medido pelo respeito próprio MCP1 256 3 Pela condescendência com o pecado é destruído o respeito próprio; e uma vez ausente este, diminui-se o respeito aos outros; concluímos que os outros sejam tão injustos como somos nós. -- Testimonies for the Church 6:53 (1900). Por maus hábitos o estudante destrói o respeito próprio MCP1 257 1 Por hábitos errôneos perde o respeito próprio. Perde o domínio de si mesmo. Não pode raciocinar corretamente sobre as coisas que mais intimamente com ele se relacionam. É negligente e desarrazoado no trato da mente e do corpo. Pela prática de hábitos incorretos torna-se um náufrago. Não pode ter felicidade; pois sua negligência de cultivar princípios sãos e puros, sujeita-o ao domínio de costumes que destroem a paz. Os anos de estudo exaustivo ficam perdidos, porque se arruinou a si próprio. Abusou de suas forças físicas e mentais, e o templo do corpo é uma ruína. Está aniquilado para esta vida e para a vindoura. Pensou alcançar um tesouro pela aquisição de conhecimentos terrenos; pondo, porém, de parte a Bíblia, sacrificou um tesouro digno de tudo o mais. -- Parábolas de Jesus, 108, 109 (1900). Palavras impacientes ferem o respeito próprio MCP1 257 2 Os que condescendem com tal linguagem hão de experimentar vergonha, perda de respeito próprio e da confiança em si, e terão amargo remorso e desgosto por se haverem permitido perder o domínio e falar dessa maneira. Quão melhor seria se nunca se proferissem palavras dessa natureza! Quanto melhor havia de ser o possuir o óleo da graça no coração, ser capaz de passar por toda reprovação e suportar todas as coisas com mansidão e paciência cristãs. -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913; Mensagens aos Jovens, 327. Os pais nunca devem perder o respeito próprio por palavras impensadas MCP1 257 3 Não permitais que escape de vossos lábios nenhuma palavra de mau humor, aspereza ou ira. A graça de Cristo espera vosso pedido. Seu Espírito dominar-vos-á o coração e a consciência, presidindo vossas palavras e atos. Nunca percais o respeito de vós mesmos devido a palavras precipitadas e impensadas. Cuidai de que vossas palavras sejam puras, e santa vossa conversa. Dai a vossos filhos um exemplo do que desejais que eles sejam. ... Haja paz, palavras agradáveis e semblantes alegres. -- Carta 28, 1890; Orientação da Criança, 219. O respeito próprio destruído pela masturbação MCP1 258 1 O efeito de tão degradantes hábitos não é o mesmo em todas as mentes. Existem crianças que têm as faculdades morais muito desenvolvidas e que, associando-se com crianças que praticam o abuso próprio, tornam-se iniciadas no vício. Sobre esses, o efeito será freqüentemente torná-los melancólicos, irritadiços e desconfiados; esses, entretanto, podem não perder o respeito pelo culto religioso, e talvez não demonstrem especial deslealdade com respeito às coisas espirituais. Por vezes sofrerão intensamente com sentimentos de remorso, julgando-se degradados aos próprios olhos, perdendo seu respeito próprio. -- Testimonies for the Church 2:392. Não destruais o respeito próprio MCP1 258 2 Quando uma pessoa em falta se torna consciente de seu erro, cuidai em não lhe destruir o respeito de si mesmo. Não o desanimeis pela indiferença ou a desconfiança. Não digais: "Antes de lhe dar minha confiança, quero esperar para ver se ele persevera." Freqüentemente esta mesma desconfiança faz com que o tentado tropece. -- A Ciência do Bom Viver, 167, 168 (1905). O manter-se por conta própria aumenta o respeito próprio MCP1 258 3 Os que se estão esforçando para reformar-se devem ser ajudados a obter emprego. Ninguém em condições de trabalhar, deve ser ensinado a esperar alimento, roupa e casa de graça. Por amor deles próprios, bem como dos outros, deve ser planejado um meio pelo qual produzam o equivalente àquilo que recebem. Animai todo esforço quanto à manutenção própria. Isto fortalecerá o respeito de si mesmo, e uma nobre independência. E a ocupação da mente e do corpo num trabalho útil é essencial como salvaguarda contra a tentação. -- A Ciência do Bom Viver, 177 (1905). A manutenção própria aumenta o respeito próprio MCP1 258 4 O senso de ser possuidor do lar próprio haveria de inspirá-los [aos pobres] com um forte desejo de progresso. Adquiririam logo habilidade em planejar e idear por si mesmos, seus filhos seriam educados em hábitos de indústria e economia, e o intelecto seria grandemente fortalecido. Haveriam de sentir que são homens, não escravos, e seriam capazes de reconquistar em grande medida o respeito pessoal e a independência moral perdidos. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 165, 166 (1886); O Lar Adventista, 373. Cultura própria e dignidade MCP1 259 1 É importante para os ministros de Cristo ver a necessidade de cultura própria, a fim de adornar sua profissão de fé e manter discreta dignidade. Sem o treino mental, por certo fracassarão em tudo que empreenderem. -- Testimonies for the Church 2:500, 501 (1870). Acautelai-vos da compaixão própria MCP1 259 2 Necessitamos de evitar a compaixão de nós mesmos. Nunca alimenteis a impressão de que não sois estimados como deveríeis, que os vossos esforços não são apreciados e que o vosso trabalho é demasiado penoso. A lembrança de que Jesus sofreu por nós reduza ao silêncio todo o pensamento de murmuração. Somos tratados melhor do que foi nosso Senhor. "E procuras tu grandezas? Não as busques." Jeremias 45:5. -- A Ciência do Bom Viver, 476 (1905). Cristo restaura o respeito próprio MCP1 259 3 Não deve ser difícil lembrar que o Senhor deseja que deponhais vossas lutas e dificuldades a Seus pés, e que as deixeis ali. Ide a Ele, dizendo: "Senhor, meus fardos são pesados demais para eu os levar. Não queres Tu levá-los em meu lugar?" E Ele responderá: "Eu os tomarei. Com eterna bondade compadecer-Me-ei de vós. Tomarei os vossos pecados e vos darei a paz. Não mais afugenteis o vosso respeito próprio, pois Eu vos comprei pelo preço do Meu próprio sangue. Sois Meus. Vossa vontade enfraquecida, Eu fortalecerei. Removerei vosso remorso pelo pecado." -- Carta 2, 1914; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 519, 520. Conselho a uma pessoa que perdera o respeito próprio MCP1 259 4 Jesus vos ama, e Ele me deu uma mensagem para vós: Seu magnânimo coração de infinita bondade anela por vós. Ele vos envia a mensagem de que podeis recuperar-vos dos ardis do inimigo. Podeis conquistar novamente vosso respeito próprio. Podeis estar onde vos considereis não um fracasso, mas um vencedor, sob a influência enaltecedora do Espírito de Deus, e por meio dela. Apoderai-vos da mão de Cristo, e não a deixeis escapar. -- Carta 228, 1903; Medicina e Salvação, 43. Cultivai o respeito próprio MCP1 260 1 Não agrada a Deus que vos desmereçais a vós mesmos. Deveis cultivar o respeito próprio, vivendo de modo que tenhais a aprovação de vossa consciência, e dos homens e dos anjos. ... Tendes o privilégio de ir ter com Jesus e ser purificados, e achar-vos perante a lei sem pejo e sem remorso. "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:1. Conquanto não devamos julgar-nos mais do que o devido, a Palavra de Deus não condena o justo respeito próprio. Como filhos e filhas de Deus, devemos ter conscienciosa dignidade de caráter, na qual não tem lugar o orgulho nem a presunção. -- The Review and Herald, 27 de Março de 1888; Nossa Alta Vocação, 141. ------------------------Capítulo 29 -- Dependência e independência (a) Dependência de Deus, não do homem Absoluta dependência de Deus MCP1 261 1 Deus quer que cada alma por quem Cristo morreu se torne uma parte da vinha, ligada com o tronco original, e dele extraia a nutrição. Nossa dependência de Deus é absoluta, e nos deve conservar bem humildes; e, por causa de nossa dependência dEle, nosso conhecimento dEle será grandemente aumentado. Deus quer que removamos toda espécie de egoísmo, e a Ele nos acheguemos, não como donos de nós mesmos, mas como uma possessão adquirida pelo Senhor. -- Special Testimonies, Série A, 8:8, 9 (1897); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 324, 325. Confiança em Deus, não no homem MCP1 261 2 Deus deseja pôr os homens em direta relação com Ele. Em todo o Seu trato com as criaturas, reconhece o princípio da responsabilidade individual. Busca estimular o senso da dependência pessoal e impressioná-los com a necessidade de direção própria, isto é, individual. Deseja pôr o humano em ligação com o divino, a fim de que os homens sejam transformados à semelhança divina. Satanás trabalha para impedir este desígnio. Procura fomentar a confiança nos homens. Quando a mente é desviada de Deus, o tentador a pode colocar sob seu domínio. Pode controlar a humanidade. -- A Ciência do Bom Viver, 242, 243 (1905). MCP1 262 1 Fazei de Deus vossa inteira dependência. Procedendo de modo diferente, é tempo, então, de vos deter. Estacai justamente onde estais e mudai a ordem das coisas. ... Sinceramente, de alma faminta, clamai a Deus. Lutai com os instrumentos celestiais até alcançardes a vitória. Ponde vosso ser inteiro nas mãos do Senhor -- alma, corpo e espírito -- e resolvei ser Seu amorável, consagrado instrumento, movido por Sua vontade, controlado por Sua mente, imbuído de Seu Espírito; ... então vereis claro as coisas celestiais. -- Manuscrito 24, 1891; Filhos e Filhas de Deus, 105. Fazei de Deus vosso conselheiro MCP1 262 2 Em vez de levar a um irmão ou a um pastor vossas perplexidades, levai-as ao Senhor, em oração. Não coloqueis o pastor onde devia estar Deus, mas fazei dele o objeto de vossas orações. Neste ponto todos nós temos errado. O ministro de Cristo é como os outros homens. Certo, ele arca sob responsabilidades mais sagradas do que um comerciante comum, mas nem por isso é infalível. Ele é rodeado de fraquezas, e precisa de graça e iluminação divina. Precisa da unção celestial a fim de fazer seu trabalho com exatidão e êxito, dando plena prova de seu ministério. Há os que ignoram o caminho da vida e salvação, e esses encontrarão no pastor piedoso alguém que lhes ensinará o que fazer para ser salvos. MCP1 262 3 Os que sabem orar, que conhecem os convites do evangelho de Cristo, que conhecem a imutabilidade de Suas promessas, mostram desonrar a Deus quando depositam seus fardos sobre homens finitos. Está certo, sempre, aconselhar-se com outros. Está certo conversar uns com os outros. Está certo apresentar claramente diante dos irmãos e do pastor, as dificuldades que se apresentam em qualquer empreendimento. Mas não desonreis a Deus a ponto de confiar no homem, em busca de sabedoria. Buscai de Deus a sabedoria que vem do alto. Pedi a vossos colegas na causa que orem convosco, e o Senhor cumprirá Sua palavra: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles." Mateus 18:20. -- Manuscrito 23, 1899. (b) Dependência e independência no relacionamento mútuo dos obreiros Opinião de um homem só MCP1 263 1 É erro levar os homens a crer que os obreiros de Cristo não deveriam tomar nenhuma iniciativa além daquela que foi apresentada a algum obreiro de responsabilidade. Os homens não devem ser ensinados a considerar outros homens como se fossem Deus. Conquanto seja necessário que haja um aconselhamento mútuo, e uma unidade de ação entre os obreiros, não deve ser elemento de controle a mente e o juízo de um homem só. -- The Review and Herald, 7 de Agosto de 1894. Crescer em eficiência MCP1 263 2 Deus é que governa o Seu povo, e Ele ensinará aos que Lhe dedicarem a mente o devido uso do cérebro. Ao empregarem sua habilidade executiva, eles crescerão em eficiência. A herança do Senhor é composta de vasos grandes e pequenos, mas cada qual tem sua tarefa individual. A mente de um homem só, ou a mente de dois ou três homens não merece tanta confiança que para todos seja seguro adotar. Olhem todos para Deus, confiem nEle, e creiam plenamente em Seu poder. Com Cristo ponde-vos sob o jugo, e não com os homens, pois estes não têm poder para guardar-vos de cair. -- Carta 88, 1896. Conselho a um executivo MCP1 263 3 Tua confiança tem de ser posta em Deus. Não deves permitir que homens esvaziem a mente deles na tua. Não lhes deves permitir que, por suas persuasões te levem a falsas veredas. Põe tua confiança inteiramente nAquele que declara: "De maneira alguma te deixarei, nunca mais te abandonarei." Hebreus 13:5. -- Carta 92, 1903. Confiança em Deus promove confiança MCP1 263 4 Quando os homens deixam de confiar em homens, quando tornam Deus sua eficiência, então haverá mais demonstração de confiança um no outro. Nossa fé em Deus é completamente fraca demais, e nossa confiança um no outro também é muito pouca. -- Special Testimonies, Série A, 3:48 (1895); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 214. Confiança própria leva à tentação MCP1 264 1 Mediante oração fervorosa e confiança em Deus, Salomão obteve a sabedoria que provocou o assombro e admiração do mundo. Quando, porém, se desviou da Fonte de sua força, e passou a confiar em si mesmo, caiu presa da tentação. Então as maravilhosas faculdades concedidas ao que foi o mais sábio dos reis, apenas o tornaram um agente mais eficaz do adversário das almas. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 509 (1911). Dependência de outros pode significar imaturidade MCP1 264 2 Os homens que deviam, em todas as emergências, ser fiéis como a agulha em indicar o pólo, tornaram-se ineficientes por seus empenhos de proteger-se da censura e por esquivar-se a responsabilidades, por temor de fracasso. Homens de gigantesco intelecto são bebês na disciplina, porque são covardes quanto a tomar sobre si e levar avante os encargos que deviam assumir. Eles confiaram em um homem que planejasse por eles e fizesse o raciocínio que eles mesmos são perfeitamente capazes de fazer, no interesse da causa de Deus. Deficiências mentais vêm ao nosso encontro por toda parte. MCP1 264 3 Homens que se satisfazem em deixar outros planejarem e raciocinarem em seu lugar, não se acham plenamente amadurecidos. Se fossem deixados a planejar por si mesmos, mostrar-se-iam judiciosos, calculistas. Mas quando se põem em contato com a causa de Deus, isto para eles é coisa completamente diversa; perdem essa faculdade quase por completo. Contentam-se com permanecer incompetentes e ineficientes, como se outros tivessem de fazer por eles o planejamento, e boa parte do arrazoado. Há homens que se mostram completamente incapazes de abrir caminho para si mesmos. Terão de sempre apoiar-se em outros para que façam seu planejamento e seus estudos, como que lhe sendo a mente e o juízo? Deus Se envergonha de semelhantes soldados. Ele não Se sente honrado com terem eles uma parte a desempenhar em Sua causa enquanto forem meras máquinas. -- Testimonies for the Church 3:495, 496 (1875). Há necessidade de homens independentes MCP1 265 1 São necessários homens independentes, fervorosamente esforçados, não homens maleáveis como argila. Os que querem seu trabalho ao alcance das mãos, que pretendem determinada quantidade de serviço e salário fixo, e desejam experimentar um trabalho adequado sem o incômodo da adaptação ou treino, não são os homens que Deus chama para trabalhar em Sua causa. O homem, que, se a necessidade requer, não saiba adaptar suas aptidões a quase qualquer lugar, não é homem para o tempo atual. MCP1 265 2 Os homens que Deus deseja ligar a Sua causa não são frouxos e sem fibra, sem músculos ou força moral de caráter. É só mediante continuado e perseverante labor que os homens podem ser disciplinados para assumir uma parte na causa de Deus. Não devem esses homens desanimar se as circunstâncias e o ambiente forem os mais desfavoráveis. Não devem desistir de seu propósito como sendo completo fracasso, antes de se convencer, além de qualquer dúvida, de que não podem fazer muito para honra de Deus e benefício das almas. -- Testimonies for the Church 3:496 (1875). Independência não santificada provém do egoísmo MCP1 265 3 Os males da estima própria e de uma não santificada independência, que tanto prejudicam nossa utilidade e que acabarão se demonstrando nossa ruína se não forem vencidos, provêm do egoísmo. "Aconselhai-vos uns aos outros", é a mensagem que me foi dada muito repetidamente, pelo anjo de Deus. Influindo no julgamento de um homem, Satanás pode empenhar-se em controlar os assuntos a seu bel-prazer. Pode ele ter êxito em desviar a mente de duas pessoas, mas quando vários trocam idéias juntos, há mais segurança. Cada plano será estudado mais rigorosamente, cada movimento rumo do progresso, considerado mais completamente. Daí, há menos perigo de precipitação de planos desavisados, que trariam confusão, perplexidade e derrota. Na união há força. Na divisão há fraqueza e derrota. -- Testimonies for the Church 5:29, 30 (1882). (c) Independência de espírito Riscos da independência pessoal MCP1 266 1 Tende sempre presente o que é devido a nossa profissão cristã como particular povo de Deus; guardai-vos, não seja que, na prática da independência pessoal vossa influência opere contra os propósitos de Deus, e vós, mediante os estratagemas de Satanás vos torneis pedra de tropeço, diretamente na estrada dos que são fracos e vacilantes. Há o perigo de dar aos nossos adversários ocasião de blasfemar de Deus e acumular escárnio sobre os crentes na verdade. -- Testimonies for the Church 5:477, 478 (1889). Independência de espírito MCP1 266 2 Tem havido sempre na igreja os que estão constantemente inclinados à independência individual. Parecem incapazes de compreender que a independência de espírito é susceptível de levar o instrumento humano a ter demasiada confiança em si mesmo e em seu próprio discernimento, de preferência a respeitar e estimar altamente a maneira de julgar seus irmãos, especialmente os que se acham nos cargos designados por Deus para guia de Seu povo. Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar; pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 163, 164 (1911). Ação combinada MCP1 266 3 Num ponto temos de estar de guarda, isto é, a independência individual. Como soldados do exército de Cristo deve haver ação combinada, nos vários departamentos da obra. ... Cada obreiro deve agir tendo em vista os demais. Os seguidores de Jesus Cristo não agirão independentemente uns dos outros. Nossa força tem de estar em Deus, e deve ser dirigida, expressando-se em ação nobre, concentrada. Não deve ser desperdiçada em movimentos destituídos de sentido. -- Testimonies for the Church 5:534, 535 (1889); Testemunhos Selectos 2:206. A presunção nos expõe às astúcias de Satanás MCP1 266 4 Vivemos em meio aos perigos dos últimos dias, e se tivermos um espírito presunçoso e independente, expor-nos-emos às astúcias de Satanás e seremos levados de vencida. -- Testimonies for the Church 3:66 (1872). (d) Independência moral A lei da dependência mútua MCP1 267 1 Nós nos achamos todos entretecidos na grande trama da humanidade, e o que quer que possamos fazer para beneficiar e elevar a outrem, refletirá em bênçãos a nós mesmos. A lei da dependência recíproca vigora em todas as classes da sociedade. Os pobres não dependem dos ricos mais do que estes dependem daqueles. Enquanto uma classe pede participação nas bênçãos que Deus conferiu aos seus vizinhos mais ricos, a outra necessita do serviço fiel, e da força do cérebro, ossos e músculos, coisas que são o capital do pobre. -- Patriarcas e Profetas, 534, 535 (1890). Dever de obedecer a convicções religiosas individuais MCP1 267 2 Muitos são os meios por que Satanás opera pela influência humana a fim de enlaçar os seus cativos. Atrai a si multidões, ligando-os pelos sedosos laços da afeição aos que são inimigos da cruz de Cristo. Seja qual for esta ligação, paternal, filial, conjugal ou social, o efeito é o mesmo; os inimigos da verdade exercem sua força no sentido de reger a consciência, e as almas postas sob o seu domínio não têm coragem ou independência suficientes para obedecer às suas próprias convicções do dever. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 597 (1911). Sufocado o juízo individual MCP1 267 3 Embora a razão e a consciência estejam convencidas, estas almas iludidas não ousam pensar diferentemente do ministro; e seu discernimento individual, os interesses eternos, são sacrificados à incredulidade, ao orgulho e preconceito de outrem. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 597 (1911). Defender o direito, independentemente MCP1 268 1 São necessários coragem e independência para erguer-se acima da norma religiosa do mundo cristão. Eles não seguem o exemplo do Salvador, de abnegação; não fazem sacrifício; buscam constantemente esquivar-se da cruz, que Cristo declara ser o sinal do discipulado. -- Testimonies for the Church 5:78 (1882). Independência moral quando o mundo se opõe MCP1 268 2 A independência moral será totalmente adequada quando se opõe ao mundo. Sujeitando-nos inteiramente à vontade de Deus, seremos colocados em posição vantajosa e veremos a necessidade de decidida separação dos costumes e práticas do mundo. Não devemos elevar nossa norma só bem pouco acima do mundo; e, sim, tornar a linha demarcatória decididamente manifesta. -- The Review and Herald, 8 de Janeiro de 1894; Fundamentos da Educação Cristã, 289. Independência moral, uma virtude MCP1 268 3 Nossa única segurança está em postar-nos como povo particular de Deus. Não devemos ceder uma polegada de terreno aos costumes e modas desta época degenerada, mas sim ficar moralmente independentes, sem nos comprometermos com suas práticas corruptas e idolátricas. -- Testimonies for the Church 5:78 (1882). (e) Independência mental A verdadeira independência não é obstinação MCP1 268 4 Verdadeira independência mental não é obstinação. Ela incentiva os jovens a formar suas próprias opiniões sobre a Palavra de Deus, sem levar em conta o que outros possam dizer ou fazer. Se estiverem em companhia de descrentes, ateus ou incrédulos, ela os incentiva a reconhecer e defender sua crença nas sagradas verdades do evangelho, em oposição às cavilações e aos gracejos de seus perversos companheiros. Se estiverem em presença dos que pensam ser virtude alardear as faltas de professos cristãos e zombar então da religião, moralidade e virtude, a verdadeira independência mental os incentivará a mostrar, de maneira cortês, mas audaz, que o ridículo é um péssimo substituto para o sólido argumento. Ela os habilitará a olhar, além do cavilador, para aquele que o influencia, o adversário de Deus e do homem, e a resistir-lhe na pessoa de seu agente. -- The Review and Herald, 26 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 88, 89. É necessária a independência individual MCP1 269 1 Homens há que se lisonjeiam de que poderiam fazer algo de grande e bom, se tão-somente as circunstâncias fossem outras, ao passo que não fazem uso das faculdades que já têm, trabalhando nos encargos que a providência lhes proveu. O homem pode criar suas circunstâncias, mas as circunstâncias nunca devem criar o homem. O homem deve aproveitar as circunstâncias como instrumentos seus para seu trabalho. Deve ele dominar as circunstâncias, mas jamais permitir que as circunstâncias o dominem. A independência individual e o poder individual são as qualidades agora necessárias. O caráter individual não precisa ser sacrificado, mas deve ser ajustado, cultivado, enobrecido. -- Testimonies for the Church 3:496, 497 (1875); Obreiros Evangélicos, 133. Até onde deve ir a independência MCP1 269 2 Deus deseja que Seu povo seja disciplinado e posto em harmonia de ação, para que se possam ter o mesmo ponto de vista e os mesmos sentimentos e o mesmo critério. Para conseguir este estado de coisas, muito há que ser feito. ... O Senhor não deseja que renunciemos a nossa individualidade. Mas, que homem é juiz competente do limite até aonde deva ser levada essa independência individual? ... MCP1 269 3 Pedro exorta seus irmãos: "Rogo igualmente aos jovens: Sede submissos aos que são mais velhos; outrossim no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede Sua graça." 1 Pedro 5:5. O apóstolo Paulo também exorta seus irmãos filipenses a que sejam unidos e humildes: "Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo." Filipenses 2:1-3. -- Testimonies for the Church 3:360 (1875); Testemunhos Selectos 1:343, 344. Poder de Deus nossa confiança MCP1 270 1 Irmãos, rogo-vos que procedais tendo em vista unicamente a glória de Deus. Seja Seu poder vossa confiança, Sua graça vossa força. Pelo estudo das Escrituras e fervorosa oração, buscai obter clara compreensão de vosso dever, e então cumpri-o fielmente. É essencial que cultiveis a fidelidade em coisas pequenas, e em assim fazendo adquirireis hábitos de integridade em responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária muitas vezes passam sem os notarmos, mas são essas coisas pequeninas que formam o caráter. Todo acontecimento da vida é de grande importância para o bem ou para o mal. A mente tem de ser educada mediante provas diárias, para que adquira vigor para resistir em qualquer situação difícil. Nos dias de provação e perigo, precisareis achar-vos fortalecidos para vos ficar firmes ao lado do direito, a despeito de qualquer influência contrária. -- Testimonies for the Church 4:561 (1881); Testemunhos Selectos 1:580, 581. ------------------------Capítulo 30 -- Egoísmo e egotismo Por natureza somos egocêntricos MCP1 271 1 Somos por natureza egocêntricos e opiniosos. Mas, ao aprendermos as lições que Cristo nos deseja ensinar, tornamo-nos participantes de Sua natureza; daí em diante, vivemos a Sua vida. O maravilhoso exemplo de Cristo, a incomparável ternura com que compreendia os sentimentos dos outros, chorando com os que choravam e Se regozijando com os que se regozijavam, deve exercer profunda influência sobre o caráter de todos quantos O seguem em sinceridade. Mediante palavras e atos bondosos, procurarão facilitar o trilho aos pés cansados. -- A Ciência do Bom Viver, 157, 158 (1905). O egoísmo contrai o intelecto MCP1 271 2 O interesse egoísta deve sempre ser subordinado; pois se lhe for dado lugar para agir, tornar-se-á um poder controlador que contrai o intelecto, endurece o coração e enfraquece o poder moral. Então vem a decepção. O homem separou-se de Deus e se vendeu a atividades indignas. Não pode ser feliz, pois não pode respeitar-se a si mesmo. Inferiorizou-se em sua própria estima. É um fracasso intelectual. -- Manuscrito 21, 1899. Egoísmo, causa da culpabilidade humana MCP1 271 3 O egoísmo é a ausência da humildade como a de Cristo, e sua existência é a ruína da felicidade humana, a causa da culpabilidade humana, e leva os que o abrigam, ao naufrágio da fé. -- Carta 28, 1888. Confunde os sentidos MCP1 272 1 Hoje, como nos dias de Cristo, Satanás governa a mente de muitos. Oh, se sua temível e temerosa obra pudesse ser discernida e resistida! O egoísmo tem pervertido os princípios, tem confundido os sentidos e anuviado o juízo. Parece tão estranho que, não obstante toda a luz que brilha da bendita Palavra de Deus, se mantivessem tantas idéias estranhas, tal afastamento do espírito e da prática da verdade! MCP1 272 2 O desejo de alcançar grandes salários, com a determinação de privar outros dos direitos que Deus lhes deu, tem sua origem no espírito de Satanás; e pela sua obediência à vontade e maneiras dele, colocam-se os homens sob sua bandeira. Pouca confiança se pode depositar nos que têm caído nessa cilada, a menos que se convertam e se renovem completamente, pois foram levedados pelos princípios maus, que não podiam perceber serem de efeito deletério. -- Special Testimonies, Série A, 10:26, 6 de Fevereiro de 1896; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 392, 393. Falar menos de si mesmo (conselho a uma pessoa que era autoritária e ditatorial) MCP1 272 3 Deixa que teu coração se abrande sob a divina influência do Espírito de Deus. Não deverias falar tanto em ti mesmo, pois isso não dará forças a ninguém. Não deves fazer de ti o centro, imaginando que devas constantemente cuidar de ti, e levando outros a cuidarem de ti. Afasta teu pensamento de ti mesmo para um conduto mais sadio. Fala em Jesus, e deixa que se vá o próprio eu; seja ele submerso em Cristo, e seja essa a linguagem de teu coração: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim." Gálatas 2:20. Jesus será para ti um socorro bem presente em todo tempo de necessidade. Ele não te deixará a lutar sozinho com os poderes das trevas. Oh, não! Ele depôs auxílio em Alguém que é poderoso para salvar perfeitamente. -- Testimonies for the Church 2:320, 321 (1869). Guardai-vos da autocompaixão MCP1 273 1 Deixai de ter pena de vós mesmos, e lembrai-vos do Redentor do mundo. Considerai o infinito sacrifício feito em favor do homem, e pensai no Seu desapontamento porque, depois de ter feito tamanho sacrifício pelo homem, este preferisse aliar-se com os que odeiam a Cristo e a justiça, unindo-se intimamente com eles na condescendência com o apetite pervertido, causando eterna ruína a sua alma. -- Testimonies for the Church 5:508 (1889). Viver para si desonra a Deus MCP1 273 2 Os perigos dos últimos dias estão a alcançar-nos. Os que vivem para agradar-se e satisfazer-se a si mesmos estão desonrando ao Senhor. Ele não pode operar por intermédio deles, pois O representariam mal perante os que são ignorantes da verdade. ... Deus talvez veja que estais nutrindo o orgulho. Talvez veja que é necessário retirar de vós bênçãos que, em vez de aproveitar, tendes usado para satisfação de orgulho egoísta. -- Manuscrito 24, 1904; Mensagens Escolhidas 1:87. A autocomplacência indica necessidade espiritual MCP1 273 3 Alguns não estão dispostos a fazer trabalho que exija abnegação. Demonstram verdadeira impaciência quando instados a assumir alguma responsabilidade. "Que necessidade há", dizem eles, "de maior conhecimento e experiência?" MCP1 273 4 Isto explica tudo. Julgam-se ricos e abastecidos, e de nada terem falta, quando o Céu os pronuncia pobres, miseráveis, cegos e desnudos. A esses diz a Testemunha Fiel: "Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas." Apocalipse 3:17, 18. Vossa autocomplacência mostra que estais em necessidade de tudo. Estais espiritualmente doentes e necessitais de Jesus para vosso médico. -- Testimonies for the Church 5:265 (1882); Testemunhos Selectos 2:98. Perigos da autolisonja MCP1 273 5 E difícil compreender-nos a nós mesmos, ter um correto conhecimento de nosso próprio caráter. A Palavra de Deus é clara, mas muitas vezes erramos ao aplicá-la a nós mesmos. Há a possibilidade de nos enganarmos, julgando que suas advertências e repreensões não se referem a nós. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?" Jeremias 17:9. A autolisonja pode insinuar-se nas emoções e no zelo cristão. O amor e a confiança em si mesmo podem dar-nos a certeza de que estamos certos, quando na verdade estamos longe de cumprir os reclamos da Palavra de Deus. -- Testimonies for the Church 5:332 (1885). Ruinosa influência da exaltação própria sobre a mente MCP1 274 1 Tão profunda é a impressão da exaltação própria no coração humano, tão grande o desejo de poder humano, que com muitos, mente, coração e alma se tornam obcecados com a idéia de mandar e comandar. Coisa nenhuma pode destruir essa ruinosa influência sobre a mente humana, exceto buscar do Senhor o colírio celestial. Unicamente o poder da graça divina pode fazer o homem compreender sua real posição e realizar por ele a obra essencial a ser feita no coração. -- Carta 412, 1907. Evitar extremos de confiança em si (conselho a um executivo) MCP1 274 2 Se formares de ti mesmo uma opinião demasiado alta, concluirás que teus labores são de mais real consequência do que na verdade são, e pleitearás uma independência individual que chega aos limites da arrogância. Se fores ao outro extremo e formares de ti mesmo uma opinião demasiado baixa, sentir-te-ás inferior e deixarás uma impressão de inferioridade que muito limitará a influência para o bem que poderias exercer. Deves evitar qualquer dos extremos. Não te deixes controlar pelo sentimento; nem devem as circunstâncias afetar-te. Podes formar um conceito correto de ti mesmo -- conceito que se demonstrará uma salvaguarda contra ambos os extremos. Podes ter atitude dignificada sem vã autoconfiança; podes condescender e contemporizar sem sacrificar o respeito próprio ou a independência pessoal, e tua vida pode ser de grande influência junto aos de classe alta como os de condição social humilde. -- Testimonies for the Church 3:506 (1875). O egocentrismo fomenta a doença (mensagem pessoal) MCP1 275 1 Teus esforços devem ser fervorosos e exatos e perseverantes, a fim de teres êxito. Como seguidor de Cristo, deves aprender a controlar toda e qualquer expressão de impaciência e paixão. Tua mente se concentra demasiado em ti mesmo. Falas demais em ti, em tuas fraquezas físicas. MCP1 275 2 Teu procedimento, no dia-a-dia, está te causando enfermidade, devido a teus maus hábitos. O apóstolo insiste com os irmãos que consagrem a Deus o corpo. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. -- Carta 27, 1872. O egocentrismo afeta a percepção (outra mensagem pessoal) MCP1 275 3 Podes ajudar-nos, meu irmão, por muitas maneiras. Mas estou comissionada pelo Senhor a dizer-te que não deves centralizar-te em ti mesmo. Atenta para a maneira por que ouves, por que compreendes e por que te apoderas da Palavra de Deus. O Senhor te abençoará no puxares ombro a ombro com teus irmãos. Aqueles a quem Ele enviou a proclamar a terceira mensagem angélica têm estado trabalhando em uníssono com os seres celestes. O Senhor não põe sobre ti a responsabilidade de proclamares uma mensagem que leve discórdia nas fileiras dos crentes. Repito: Ele não está dirigindo ninguém por Seu Espírito Santo a arquitetar uma teoria que vai perturbar a fé nas solenes mensagens que deu a Seu povo para apresentar ao nosso mundo. -- Manuscrito 32, 1896; Mensagens Escolhidas 2:115. A graça do esquecimento próprio deve ser ensinada a toda criança MCP1 275 4 Um dos característicos que devem ser especialmente acaricia dos e cultivados em toda criança, é aquele esquecimento de si mesmo que comunica à vida certa graça inconsciente. De todas as excelentes qualidades de caráter, esta é uma das mais belas, e para todo verdadeiro trabalho é uma das qualificações essenciais. -- Educação, 237 (1903). Esquecimento de si mesmo, base da verdadeira grandeza MCP1 276 1 Não bastava aos discípulos de Jesus o serem instruídos quanto à natureza de Seu reino. O que necessitavam era uma mudança de coração que os pusesse em harmonia com seus princípios. Chamando a Si uma criancinha, Jesus a colocou no meio deles; e, envolvendo ternamente o pequenino nos braços, disse: "Em verdade vos digo que, se vos não converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos Céus." A simplicidade, o esquecimento de si mesma e o confiante amor de uma criancinha são os atributos estimados pelo Céu. São estes os característicos da verdadeira grandeza. -- O Desejado de Todas as Nações, 437 (1898). Expiação individual, o princípio da oração nas religiões falsas MCP1 276 2 Os pagãos consideravam suas orações como possuidoras em si mesmas do mérito de expiar pecados. Assim, quanto mais longas as orações, tanto maiores os merecimentos. Se se pudessem tornar santos por seus esforços, teriam em si mesmos, alguma coisa de que se regozijar, algo de que se vangloriar. Essa idéia da oração é fruto do princípio de expiação individual, o qual jaz na base de todos os falsos sistemas religiosos. Os fariseus haviam adotado essa idéia pagã acerca da oração, a qual não se acha de modo algum extinta em nossos dias, mesmo entre os que professam o cristianismo. A repetição de frases feitas, habituais, quando o coração não sente nenhuma necessidade de Deus, é da mesma espécie que as "vãs repetições" dos pagãos. -- MD 86 (1896). Nenhuma consideração pessoal na vida de Cristo MCP1 276 3 Em Sua vida nenhuma consideração pessoal devia estar. A honra que o mundo atribui a posição, riqueza e talento, devia ser estranha ao Filho de Deus. Nenhum dos meios que os homens empregam para granjear submissão ou requerer homenagem, devia o Messias usar. Sua completa renúncia do eu foi prefigurada nas palavras: "Não clamará, não Se exaltará, nem fará ouvir a Sua voz na praça. A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega." Isaías 42:2, 3. -- Profetas e Reis, 692, 693 (1917). O remédio de Deus para o egoísmo e a exaltação própria MCP1 277 1 Existe no homem a disposição de se estimar em mais alta conta do que a seu irmão, de trabalhar para si mesmo, de procurar o mais alto lugar; e muitas vezes isso dá em resultado ruins suspeitas e amargura de espírito. A ordenança que precede a ceia do Senhor, deve remover esses desentendimentos, tirar o homem de seu egoísmo, fazê-lo baixar de seus tacões de exaltação própria à humildade de coração que o levará a servir a seu irmão. MCP1 277 2 O Santo Vigia do Céu acha-Se presente nesses períodos para torná-los uma ocasião de exame de consciência, de convicção de pecado, e de bendita segurança de pecados perdoados. Cristo, na plenitude de Sua graça, acha-Se aí para mudar a corrente dos pensamentos que têm seguido direções egoístas. O Espírito Santo aviva as sensibilidades dos que seguem o exemplo de seu Senhor. MCP1 277 3 Ao ser lembrada a humilhação do Salvador por nós, pensamento liga-se a pensamento; evoca-se uma cadeia de lembranças, a recordação da grande bondade de Deus e do favor e ternura dos amigos terrestres. Bênçãos esquecidas, misericórdias de que se abusou, bondades menosprezadas são trazidas à memória. Patenteiam-se raízes de amargura que expulsaram a preciosa planta do amor. São trazidos à lembrança defeitos de caráter, negligência de deveres, ingratidão para com Deus, frieza para com nossos irmãos. O pecado é visto sob o aspecto por que o vê o próprio Deus. Nossos pensamentos não são de complacência com nós mesmos, mas de severa censura ao próprio eu, e de humilhação. Fortalece-se a mente para derribar toda barreira que tem causado separação. O pensar e falar mal são postos de lado. São confessados os pecados e perdoados. Penetra na alma a subjugante graça de Cristo, e Seu amor liga os corações numa bendita unidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 650, 651 (1898). ------------------------Capítulo 31 -- Problemas da juventude Os jovens são receptivos e esperançosos MCP1 281 1 Os jovens são receptivos, vivos, ardentes, esperançosos. Uma vez tendo provado a ventura do sacrifício próprio, não se satisfarão a menos que estejam constantemente aprendendo do Grande Mestre. O Senhor abrirá caminhos diante dos que respondam ao Seu chamado. -- Testimonies for the Church 6:471 (1900). Os jovens têm de escolher o destino de sua vida MCP1 281 2 Pelos pensamentos e sentimentos alimentados nos primeiros anos, determina cada jovem a história de sua vida. Os hábitos corretos, virtuosos e varonis formados na juventude, tornar-se-ão uma parte do caráter, e geralmente determinarão a conduta da pessoa em toda a vida. Os jovens podem tornar-se viciados ou virtuosos, segundo a sua escolha. Também podem ser distinguidos por atos verdadeiros e nobres, bem como por grandes crimes e impiedade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910; Orientação da Criança, 196. Educação que produz fraqueza mental e moral MCP1 281 3 A educação severa da juventude -- sem levá-los apropriadamente a pensar e agir por si mesmos, à medida que a sua própria capacidade e a evolução mental permitir que por este meio eles possam ter desenvolvimento mental, sentimento de respeito próprio, e confiança em sua capacidade de realização -- isto produzirá uma classe de pessoas fracas em poder mental e moral. E quando se encontrarem no mundo tendo de agir por si mesmos, revelarão o fato de terem sido treinados como animais, e não educados. Sua vontade, em vez de ser guiada, foi forçada à sujeição, pela áspera disciplina dos pais e dos professores. -- Testimonies for the Church 3:133 (1872). A mente deve ser educada para governar a vida MCP1 282 1 As crianças têm uma inteligente vontade, que deve ser dirigida de modo a controlar todas as faculdades. Os mudos animais têm de ser treinados, pois não têm razão e intelecto. À mente humana, porém, tem de ser ensinado o domínio próprio. Tem de ser educada a governar o ser humano, ao passo que os animais são controlados pelo dono e educados a serem-lhe submissos. O dono é como que a mente, o juízo e a vontade de seu animal. Uma criança pode ser educada de modo a, como o animal, não ter vontade própria. Sua própria individualidade pode ser imergida na daquele que lhe superintende a educação; sua vontade, em todas as intenções e propósitos, é sujeita à vontade do professor. MCP1 282 2 Crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade individual. Não foram ensinadas a agir segundo a razão e os princípios; sua vontade foi controlada por outro, e a mente não foi despertada, a fim de que pudesse expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar e suas capacidades mentais, de modo a empenhar suas faculdades mais fortes, quando exigido. Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam postas em exercício e levadas de um grau de força para outro, e assim a mente possa alcançar as proporções devidas. -- Testimonies for the Church 3:132 (1872). Muitos incapazes de pensar por si mesmos MCP1 282 3 Há muitas famílias onde as crianças se apresentam bem educadas, enquanto sob a disciplina da educação; quando, porém, é interrompido o sistema que os levou a estabelecer regras, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmos. Essas crianças estiveram tanto tempo sob o regime férreo -- não se lhes permitindo pensar e agir por si mesmas nas coisas em que era muito próprio que o fizessem -- que não têm confiança em si para se movimentar por conta própria, segundo seu próprio juízo, e ter opinião própria. MCP1 283 1 E quando saem de junto dos pais, para agirem por si mesmos, facilmente são levados pelo juízo de outros, para rumo errado. Não têm caráter estável. Não foram deixados a seu próprio juízo logo que isso fosse praticável, e por isso a mente não se lhes desenvolveu e fortaleceu apropriadamente. Por tanto tempo estiveram sob o controle absoluto dos pais, que confiam inteiramente neles; os pais lhes servem de mente e juízo. -- Testimonies for the Church 3:132, 133 (1872). Resultados do controle mediante a força ou o temor MCP1 283 2 Os pais e professores que se gabam de ter completo controle da mente e da vontade das crianças sob os seus cuidados, cessariam sua gabolice se pudessem traçar a vida futura das crianças que, por força ou por temor, são assim postas em sujeição. Esses são quase completamente despreparados para participar das severas responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais estão sujeitos aos pais e professores, e são compelidos a pensar e agir por si mesmos, é quase certo que tomem um procedimento errado e cedam ao poder da tentação. Não fazem desta vida um êxito, e as mesmas deficiências são vistas em sua vida religiosa. -- Testimonies for the Church 3:133, 134 (1872). Disciplina que estimula e fortalece MCP1 283 3 Depois da disciplina do lar e da escola, todos terão de enfrentar a severa disciplina da vida. Como enfrentá-la sabiamente, é a lição que se deve explicar a toda criança e jovem. É verdade que Deus nos ama, que Ele está atuando para nossa felicidade, e que, se Sua lei tivesse sempre sido obedecida, jamais teríamos conhecido o sofrimento; não menos verdade é que neste mundo, como resultado do pecado, sobrevêm a nossa vida sofrimentos, perturbações e cuidados. Podemos proporcionar às crianças e jovens um bem para toda a vida, ensinando-os a enfrentar corajosamente estas dificuldades e encargos. Conquanto lhes manifestemos simpatia, que isto nunca seja de maneira a alimentar-lhes a compaixão de si mesmos. Eles necessitam daquilo que estimula e fortalece, em vez de enfraquecer. -- Educação, 295 (1903). Reação às regras férreas MCP1 284 1 Em vosso disciplinar, não ponhais nem uma partícula de rispidez. Não imponhais aos jovens ordens rígidas, que por vezes os levam a julgar que têm de fazer, e farão aquilo que são ordenados a não fazer. Quando dais advertências ou repreensão aos jovens, fazei-o como a alguém que neles têm interesse especial. Que eles vejam que tendes o sincero desejo de que eles tenham um bom relatório nos livros do Céu. -- Carta 67, 1902; Medicina e Salvação, 180. Para os jovens é duro assumir encargos MCP1 284 2 Os jovens podem exercer poderosa influência se renunciarem ao orgulho e egoísmo e se dedicarem a Deus; via de regra, porém, não levam cargas de outros. Estas terão eles mesmos de carregá-las. É chegado o tempo em que Deus requer uma mudança neste respeito. Ele convida jovens e velhos a ser zelosos e arrepender-se. Se continuarem em seu estado de mornidão, vomitá-los-á da boca. Diz a Testemunha Fiel: "Conheço as tuas obras." Jovem, rapaz ou moça, nossas obras são conhecidas, quer sejam boas, quer más. Sois ricos em boas obras? Jesus Se vos aproxima como conselheiro: "Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas." Apocalipse 3:18. -- Testimonies for the Church 1:485 (1867). Pensamentos tornam-se hábitos MCP1 285 1 Necessitamos de ter um constante sentimento do poder enobrecedor dos pensamentos puros. É nos bons pensamentos que reside a única segurança para toda alma. O homem, "como imaginou na sua alma, assim é". Provérbios 23:7. A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a princípio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos podemos afastar-nos de tudo o que é baixo e inferior, e elevar-nos para uma alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1905). Tristes exemplos da história MCP1 285 2 O caráter de Napoleão Bonaparte foi grandemente influenciado por sua educação na meninice. Instrutores insensatos, inspiraram-lhe o amor à conquista, formando exércitos de brincadeira e o colocando a sua frente, como comandante. Aí foi posto o fundamento de sua carreira de lutas e derramamento de sangue. Fossem os mesmos cuidados e esforços dirigidos para torná-lo um homem bom, imbuindo-lhe o jovem coração do espírito do Evangelho, e quão amplamente diversa poderia ter sido sua história! MCP1 285 3 Diz-se que Hume, o céptico, era em seus primeiros anos um consciencioso crente na Palavra de Deus. Estando ligado a uma sociedade de debates, foi-lhe designado apresentar os argumentos em favor da incredulidade. Estudou com afinco e perseverança, e sua mente perspicaz e ativa ficou imbuída dos sofismas do cepticismo. Dentro em breve começou a crer nos seus enganosos ensinos, e toda a sua vida posterior apresentou a negra marca da incredulidade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910; Orientação da Criança, 196. A influência da leitura MCP1 285 4 Muitos jovens são ávidos por livros. Lêem qualquer coisa que possam obter. Apelo para os pais desses jovens, a fim de que governem o desejo deles pela leitura. Não permitais sobre vossas mesas revistas e jornais em que se encontrem histórias de amor. Preenchei o lugar desses com livros que auxiliem os jovens a pôr na formação de seu caráter o melhor material -- o amor e o temor de Deus, o conhecimento de Cristo. Animai vossos filhos a armazenar na mente conhecimento valioso, e deixar que aquilo que é bom ocupe a alma e dirija suas faculdades, não dando lugar a pensamentos baixos, aviltantes. Restringi o desejo pela leitura que não forneça ao espírito bom alimento. O dinheiro despendido com revistas de ficção pode não parecer muito; mas é demasiado para ser gasto naquilo que tanto se presta para o fim de transviar, e de volta tão pouco dá que seja bom. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 133 (1913), [no inglês]. A mente assume o nível das coisas que observa MCP1 286 1 A compreensão equipara-se ao nível das coisas com que se familiariza. Se todos fizessem da Bíblia o seu estudo, veríamos um povo mais desenvolvido, capaz de pensar de maneira mais profunda e revelando mais elevado grau de inteligência, do que poderiam proporcionar-lhes os mais intensos esforços ao estudar meramente as ciências e as histórias do mundo. A Bíblia confere ao sincero pesquisador avançada disciplina mental, e ele emerge da contemplação das coisas divinas com as faculdades enriquecidas; o próprio eu é humilhado, ao passo que Deus e Sua verdade revelada são exaltados. -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1888; Fundamentos da Educação Cristã, 130. Valor da vivência religiosa pessoal MCP1 286 2 Deus deve ser o mais elevado objeto de nossos pensamentos. Meditando nEle, e com Ele pleiteando, eleva-se a alma e avivam-se as afeições. A negligência da meditação e oração resultará ao certo no declínio dos interesses religiosos. Então se verão o descuido e a indolência. MCP1 286 3 Religião não é mera emoção, sentimento. É um princípio entretecido em todos os deveres diários e transações da vida. Não se cultivará coisa alguma nem se empreenderá qualquer negócio que impeça o cumprimento deste princípio. Para reter a religião pura, imaculada, é necessário atuar, perseverar no esforço. MCP1 287 1 Temos de fazer algo, nós mesmos. Nenhum outro pode cumprir nossa tarefa. Nenhum outro, senão nós mesmos, pode operar nossa salvação, com temor e tremor. Esta é mesmo a obra de que o Senhor nos encarregou. -- Testimonies for the Church 2:505, 506 (1870). Os jovens precisam da disciplina do trabalho MCP1 287 2 E hoje, como foi nos dias de Israel, cada jovem deve ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimento de algum ramo de trabalho manual, pelo qual, sendo necessário, possa obter subsistência. Isto é essencial, não somente como salvaguarda contra as vicissitudes da vida, mas pela relação que tem com o desenvolvimento físico, mental e moral. Mesmo que fosse certo que alguém jamais necessitasse de recorrer ao trabalho manual para a sua manutenção, deveria ainda ser ensinado a trabalhar. Sem o exercício físico, ninguém pode ter uma boa compleição e vigorosa saúde; e a disciplina do trabalho bem regulado não é menos essencial para se conseguir mente forte e ativa e caráter nobre. -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). Indolência é pecado MCP1 287 3 A idéia de que a ignorância de ocupação útil é característica essencial do verdadeiro cavalheiro ou dama, é contrária ao desígnio de Deus na criação do homem. A indolência é pecado, e a ignorância dos deveres comuns, o resultado de estultícia que no decurso da vida dará ampla ocasião para amargo arrependimento. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 75. Não negligenciar a educação nos deveres domésticos MCP1 287 4 Na infância e na juventude deve ser combinado o preparo prático e o literário. Deve-se ensinar as crianças a ter parte nos deveres domésticos. Devem ser instruídas sobre como ajudar ao pai e à mãe nas tarefas pequenas que possam cumprir. Sua mente deve ser educada a pensar, a memória forçada a lembrar-se do trabalho designado; e no ensino dos hábitos de utilidade no lar, educam-se elas em cumprir deveres práticos adequados a sua idade. Se as crianças recebem o devido preparo doméstico, não serão encontradas na rua, recebendo a educação casual que tantos recebem. Os pais que amem os filhos de modo sensato, não permitirão que cresçam com hábitos ociosos, sem saber cumprir deveres domésticos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 149 (1913), [no inglês]. O que toda mulher deve saber MCP1 288 1 Muitas senhoras consideradas bem educadas, diplomadas com distinção em alguma instituição de ensino, são vergonhosamente ignorantes dos deveres práticos da vida. São destituídas das qualificações necessárias para a devida regulamentação da família e por isso mesmo essencial a sua felicidade. Podem falar da elevada posição da mulher e seus direitos, porém elas mesmas ficam longe de alcançar a verdadeira posição da mulher. MCP1 288 2 É direito de toda filha de Eva ter conhecimento completo dos deveres domésticos, receber educação em cada departamento do trabalho caseiro. Toda jovem deve ser educada de tal maneira que, se chamada a ocupar a posição de esposa e mãe, possa governar como uma rainha em seu próprio domínio. Deve ela ser plenamente capaz de guiar e instruir os filhos. ... MCP1 288 3 E seu direito compreender o mecanismo do corpo humano e os princípios de higiene, os assuntos relacionados com o regime alimentar e o vestuário, trabalho e recreação, e outros pormenores sem conta que intimamente dizem respeito ao bem-estar de sua casa. É seu direito obter tal conhecimento dos melhores métodos de tratar as enfermidades que possa cuidar dos filhos quando enfermos, em vez de deixar seus preciosos tesouros nas mãos de enfermeiras e médicos estranhos. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 75. Quando a mulher deixa de educar a mente MCP1 288 4 Mulheres que professam piedade geralmente deixam de educar a mente. Deixam-na sem controle, que vá aonde lhe apraz. É este um grande erro. Muitas parecem não ter nenhum poder mental. Não educaram a mente a pensar; e por isso não terem feito, supõem não poder fazê-lo. São necessárias meditação e oração para crescer na graça. MCP1 289 1 É porque há tão pouca cultura mental, tão pouca reflexão, que não há mais estabilidade entre as mulheres. Deixando a mente em estado de inação apóiam-se em outros, para por elas fazer o trabalho cerebral, planejar, refletir e lembrar. Algumas carecem de disciplinar a mente, pelo exercício. Devem forçá-la a pensar. Enquanto confiam em outros para em seu lugar refletir, solver seus problemas, e recusando-se a forçar a mente a pensar, continuará sua incapacidade de lembrar, de olhar diante de si e discriminar. Toda pessoa deve envidar esforços para educar a mente. -- Testimonies for the Church 2:187, 188 (1868). O vestuário da mulher, indício do que lhe vai na mente MCP1 289 2 O vestuário é uma amostra da mente e do coração. Aquilo que é dependurado exteriormente, é sinal daquilo que está no interior. Para vestir-se com exagero não se requer inteligência ou mente cultivada. O próprio fato de que a mulher pode pendurar em sua pessoa tal quantidade de peças de roupa desnecessárias, mostra que não podem ter tempo para cultivar o intelecto e armazenar na mente conhecimento útil. -- Manuscrito 76, 1900. Necessidade de pureza de pensamento e de ação MCP1 289 3 Insisto convosco quanto à necessidade de pureza em todo pensamento, toda palavra e ação. Temos uma responsabilidade individual para com Deus, e uma obra individual que ninguém pode fazer por nós. É fazer o mundo melhor, por preceito, pelo esforço pessoal e o exemplo. Ao passo que devemos cultivar a sociabilidade, não se faça isto por mero divertimento, mas com um desígnio. Há almas por salvar. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885; Evangelismo, 495. A masturbação avilta a mente MCP1 290 1 Algumas crianças começam a prática da polução própria na infância; e ao crescerem em anos, as paixões concupiscentes crescem com o seu crescimento e fortalecem-se com a sua força. Não têm mente tranqüila. Meninas desejam a companhia de rapazes, e estes a das meninas. Seu comportamento não é reservado e modesto. São ousados e atrevidos, e permitem-se liberdades indecentes. O hábito do abuso próprio aviltou-lhes a mente e manchou-lhes a alma. Pensamentos vis, e a leitura de novelas, histórias de amor, e livros imundos excitam-lhes a imaginação, e exatamente esses se ajustam ao seu espírito depravado. MCP1 290 2 Não amam o trabalho, e empenhados nele, queixam-se de fadiga; doem-lhes as costas, dói-lhes a cabeça. Não haverá causa bastante? Fatigam-se por motivo de seu trabalho? Não, não! No entanto os pais têm pena dessas crianças ao se queixarem e aliviam-nas de trabalho e responsabilidade. Isto é a pior das coisas que por eles podem fazer. Removem assim quase a única barreira que impede Satanás de ter livre acesso a sua mente enfraquecida. O trabalho útil ser-lhes-ia, em certa medida, uma salvaguarda contra o seu [de Satanás] controle sobre eles. -- Testimonies for the Church 2:481 (1870). Os jovens hão de usar suas energias MCP1 290 3 O talento juvenil, bem organizado e bem educado, é necessário em nossas igrejas. Os jovens farão alguma coisa com suas transbordantes energias. A menos que essas energias sejam dirigidas por condutos certos, serão pelos jovens usadas de maneira que ferirá sua própria espiritualidade e se demonstrará um mal àqueles com quem se associam. -- Obreiros Evangélicos, 211 (1915); Os jovens precisam de atividade MCP1 290 4 Os jovens gostam, por natureza, de estar em atividade, e se não encontram legítimo desafogo para suas energias reprimidas após o confinamento da sala de aula, tornam-se inquietos e impacientes sob a restrição, sendo portanto induzidos a empenhar-se em esportes rudes e nada varonis, que desonram a tantas escolas e colégios, e até a precipitar-se em cenas de verdadeira dissipação. Muitos dos jovens que deixaram seu lar sendo inocentes, são corrompidos por suas relações na escola. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 72. Correspondem a sugestões MCP1 291 1 Nenhuma recreação apenas proveitosa a si mesmos se revelará uma bênção tão grande às crianças e jovens, como a que os faz úteis aos outros. Entusiastas e impressionáveis por natureza, são prontos a corresponder à sugestão. Fazendo planos para a cultura de plantas, procure o professor despertar interesse no embelezamento dos terrenos da escola e da sala de aula. Um duplo benefício resultará. Aquilo que os discípulos procuram embelezar, não quererão que fique maculado ou destruído. Acoroçoar-se-ão gosto apurado, amor à ordem, hábitos de cuidado; e o espírito de associação e cooperação, desenvolvido, demonstrar-se-á aos alunos uma bênção por toda a vida. -- Educação, 212, 213 (1903). Por vezes deixam de ver a Deus como um pai que ama MCP1 291 2 Os jovens geralmente se conduzem como se as preciosas horas da graça, enquanto a misericórdia se estende, fossem um grande feriado e eles tivessem sido postos no mundo meramente para seu próprio entretenimento, para fruir uma contínua sucessão de excitamento. Satanás tem feito esforços especiais para induzi-los a buscar a felicidade em diversões mundanas, e justificar-se procurando mostrar que esses divertimentos são inofensivos, inocentes, e mesmo importantes para a conservação da saúde. Médicos há que têm dado a impressão de que a espiritualidade e devoção a Deus são prejudiciais à saúde. Isto agrada ao adversário das almas. -- Testimonies for the Church 1:501 (1867). A imaginação doentia representa mal a Deus MCP1 291 3 Há pessoas de imaginação doentia, que não representam de modo devido a religião de Cristo; elas não possuem a religião pura da Bíblia. Alguns se flagelam através de toda a vida, por causa de seus pecados; tudo que podem ver é um Deus de justiça, ofendido. Cristo e Seu poder remidor graças aos méritos de Seu sangue, deixam eles de ver. Esses não têm fé. Esta classe se compõe geralmente de pessoas que não têm a mente bem equilibrada. MCP1 292 1 Por causa da doença que lhes foi transmitida pelos pais e uma errônea educação na juventude, eles contraíram hábitos errôneos que lhes ofendem a constituição e o cérebro, fazendo que os órgãos morais adoeçam, tornando-lhes impossível pensar e agir racionalmente em todos os pontos. Não têm mente bem equilibrada. Piedade e justiça não destroem a saúde, mas, ao contrário, são saúde para o corpo e força para a alma. -- Testimonies for the Church 1:501, 502 (1867). Necessidade de restrição MCP1 292 2 Agi sempre por princípio, nunca por impulso. Temperai a impetuosidade da vossa natureza pela doçura e bondade. Evitai toda a leviandade e frivolidade. Que nenhuma vil graçola vos escape dos lábios. Nem sequer aos pensamentos permitais correr a rédeas soltas. Devem ser dominados e conduzidos cativos à obediência de Cristo. Que eles estejam ocupados em coisas santas. Então, pela graça de Cristo, serão puros e verdadeiros. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1805). Manter a distância o sentimentalismo MCP1 292 3 Vives agora a vida de estudante; demora a mente em assuntos espirituais. Mantém todo o sentimentalismo à parte de tua vida. Dá-te a ti mesmo vigilante auto-instrução e põe-te sob o controle de ti mesmo. Estás agora no período formativo do caráter; para ti, nada deve ser considerado trivial ou pouco importante, se te desvias dos teus mais altos e santos interesses, tua eficiência no preparo para fazer a obra que Deus te confiou. MCP1 292 4 Conserva sempre a simplicidade de ação, mas põe alto tua norma para a harmoniosa manifestação e aperfeiçoamento de tuas faculdades mentais. Sê resoluto em corrigir toda e qualquer falta. Tendências hereditárias podem ser superadas -- as rápidas, violentas explosões de temperamento de tal modo transformadas que essas manifestações, pela graça de Deus, serão completamente vencidas. Devemos, individualmente, considerar que estamos na oficina de Deus. -- Carta 23, 1893. Necessidade de conselho MCP1 293 1 Os jovens não devem ser deixados a pensar e agir independentemente do juízo dos pais e professores. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o comprovado juízo, sendo guiadas por seus pais e professores. Devem ser educados de modo que sua mente se una ã mente dos pais e mestres, e ser instruídos de modo que possam ver a propriedade de lhes atender ao conselho. Então, quando saem do contato da mão guiadora dos pais e professores, seu caráter não será parecido ao junco que oscila ao vento. -- Testimonies for the Church 3:133 (1872); Testemunhos Selectos 1:317. A mais alta educação possível MCP1 293 2 O Senhor deseja que obtenhamos toda instrução possível, com o escopo em vista de partilhar com outros nosso conhecimento. Ninguém pode saber onde nem como será chamado para labutar ou falar em favor de Deus. Somente nosso Pai celeste vê o que pode fazer do homem. Há perante nós possibilidades que nossa fraca fé não discerne. Nossa mente deve estar tão adestrada que, se necessário, possamos expor as verdades da Palavra de Deus perante as mais altas autoridades terrestres, de maneira tal que glorifique Seu nome. Não devemos perder oportunidade alguma de preparar-nos intelectualmente para a obra de Deus. -- Parábolas de Jesus, 333, 334 (1900). A mente sempre ativa MCP1 293 3 A mente não cessará jamais de ser ativa. Ela está exposta às influências, sejam boas ou más. Assim como o rosto humano é estampado pela luz na tela do artista, igualmente são os pensamentos e impressões estampados na mente da criança; e quer sejam estas impressões terrenas, quer morais e religiosas, são elas quase indeléveis. MCP1 293 4 Quando a razão está a despertar, a mente é mais susceptível; e, assim, as primeiras lições são de grande importância. Estas lições têm poderosa influência na formação do caráter. Se são do cunho devido, e se, à medida que a criança avança em anos, são seguidas com paciente perseverança, os destinos terrestre e eterno se modelarão para o bem. Esta é a palavra do Senhor: "Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." Provérbios 22:6. -- Special Testimonies on Education, 71 (1897); Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 143, [no inglês]. Juventude, o tempo da oportunidade MCP1 294 1 O coração dos jovens é agora como cera impressionável, e podeis levá-los a admirar o caráter cristão; dentro de alguns anos, porém, a cera poderá transformar-se em granito. -- The Review and Herald, 21 de Fevereiro de 1878; Fundamentos da Educação Cristã, 51. MCP1 294 2 É na juventude que as afeições são mais fervorosas, a memória mais retentiva, e o coração mais susceptível às impressões divinas; e é durante a juventude que as faculdades mentais e físicas devem ser lançadas à tarefa, a fim de que grandes aperfeiçoamentos se possam fazer, em vista do mundo que agora existe, e do que há de vir. -- The Youth's Instructor, 25 de Outubro de 1894; Filhos e Filhas de Deus, 78. ------------------------Capítulo 32 -- Paixão e amor cego Namoro -- Necessário bom senso comum MCP1 295 1 A mocidade confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um estratagema de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que haver do que o Senhor. Se há coisa em que seja preciso o bom senso comum, é esta; mas o fato é que ele pouco se emprega neste assunto. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886; Mensagens aos Jovens, 450. Devem ser desenvolvidos os traços mais nobres MCP1 295 2 As idéias acerca do namoro têm seu alicerce em idéias errôneas a respeito do casamento. Seguem o impulso e paixão cega. O namoro é conduzido num espírito de flerte. Os namorados freqüentemente violam as regras da modéstia e reserva e são culpados de indiscrição, mesmo que não transgridam a lei de Deus. O alto, nobre, sublime desígnio de Deus na instituição do matrimônio não é discernido; por isso não são aperfeiçoadas as mais puras afeições do coração, os mais nobres traços de caráter. -- Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 141. Afeição pura é mais celestial do que terrena MCP1 296 1 Nem uma palavra deve ser pronunciada, nem uma ação praticada, que não quereríeis que os santos anjos testemunhassem e registrassem nos livros do alto. Deveis ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve nutrir afeições puras, aprovadas, dignas dos seguidores de Jesus Cristo, de natureza exaltada, mais celestial do que terrena. Qualquer coisa diferente disso, no namoro, degrada e avilta; e o matrimônio não pode ser santo e honroso à vista de um Deus puro e santo, a menos que esteja de acordo com o exaltado princípio escriturístico. -- Manuscrito 4a, 1885; Medicina e Salvação, 141. Perigo das horas tardias MCP1 296 2 O hábito de ficar a conversar até altas horas da noite é costumeiro, mas não agrada a Deus, mesmo quando ambos sejam cristãos. Essas horas inoportunas prejudicam a saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte, e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que tenhas suficiente respeito próprio para deixar essa forma de namoro. Se desejas sinceramente a glória de Deus, agirás com decidida cautela. Não tolerarás que o doentio sentimentalismo amoroso te cegue a visão por tal forma, que não possas discernir os altos direitos de Deus sobre ti como cristão. -- Testimonies for the Church 3:44, 45 (1872); Mensagens aos Jovens, 438. Paixão, pobre motivo para casamento MCP1 296 3 Estas horas desperdiçadas da meia-noite, nesta época de depravação, levam com freqüência à ruína de ambas as partes empenhadas. Satanás exulta e Deus é desonrado quando homens e mulheres se desonram a si mesmos. O bom nome da honra é sacrificado sob o acesso de paixões, e o casamento dessas pessoas não pode ser solenizado sob a aprovação de Deus. Casaram-se porque a paixão os impulsionou, e quando a novidade do fato houver passado, começarão a compreender o que fizeram. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; O Lar Adventista, 56. Falso amor, incontrolável MCP1 296 4 O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa absorção fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumento nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua direção. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1903; O Lar Adventista, 51. O amor não santificado desencaminha MCP1 297 1 Não santificadas afeições humanas sempre desencaminham, pois acenam para outras veredas do que o caminho que Deus indica. -- Carta 34, 1891. A repetição do pecado diminui o poder da resistência MCP1 297 2 Aquele que cedeu uma vez à tentação, cederá mais facilmente segunda vez. Cada repetição do pecado diminui seu poder de resistência, cega seus olhos, e suprime a convicção. Cada semente de condescendência, que é semeada, produzirá fruto. Deus não opera milagre para impedir a ceifa. -- Patriarcas e Profetas, 268 (1890). A paixão destrói tudo MCP1 297 3 Devem estar sempre em nossa mente as palavras de Cristo: "Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do homem: Comiam, bebiam." Lucas 17:26, 27. Em nossos dias, o apetite domina a mente e a consciência. Prevalece a glutonaria, o beber vinho e licores alcoólicos, o uso do fumo, mas os seguidores de Cristo serão temperantes no comer e beber. Não condescendem com o apetite a expensas da saúde e do crescimento espiritual. MCP1 297 4 "Casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos." Verso 27. Vemos o mesmo uso agora, com respeito ao casamento. Jovens, e mesmo homens e mulheres que deviam ser sábios e capazes de discernir, procedem como se nesta questão estivessem enfeitiçados. Um poder satânico parece tomar posse deles. Consumam-se os mais indiscretos casamentos. Deus não é consultado. Sentimentos, desejos e paixões humanas abatem-se sobre eles, até que é lançado o dado. Indizível miséria é o resultado deste estado de coisas, e Deus é desonrado. O voto matrimonial cobre toda sorte de concupiscente abominação. Não deveria haver uma decidida mudança com referência a esta questão? -- Carta 74, 1896; Special Testimonies to Managers and Workers in Institutions, 41. O amor cego afeta todas as faculdades MCP1 298 1 Cada uma das faculdades dos que são afetados por esta doença contagiosa -- o amor cego -- é levada em sujeição a ela. Parece serem faltos de bom senso, e seu procedimento é aborrecível a todos os que o presenciam. Meu irmão, você se tornou assunto de conversa, e rebaixou-se na estima daqueles cuja aprovação você deveria prezar. MCP1 298 2 Com muitos, a crise da doença chega por motivo de um casamento imaturo, e passada a novidade e o enfeitiçante poder do namoro, uma ou ambas as partes despertam a sua verdadeira situação. Então encontram-se desajustados, mas unidos por toda a vida. MCP1 298 3 Ligados um ao outro pelos mais solenes votos, contemplam, de coração deprimido, a miserável vida que têm que levar. Devem então fazer o melhor possível com a sua situação; muitos, porém, não querem isso fazer. Ou se demonstram falsos a seus votos matrimoniais, ou tornam o jugo que persistiram em se impor ao pescoço tão torturante que não poucos, põem covardemente fim à existência. -- Testimonies for the Church 5:110, 111 (1882). Prematuro amor de adolescente MCP1 298 4 Satanás controla a mente dos jovens em geral. Não ensinais vossas filhas a exercerem abnegação e domínio próprio. São mimadas e é acalentado o seu orgulho. Permite-se-lhes ter vontade própria até se tornarem obstinadas e voluntariosas, e ficais sem saber o que fazer para salvá-las da ruína. Satanás as está levando a tornar-se um provérbio na boca de descrentes, por causa de sua ousadia, sua falta de discrição e modéstia feminina. MCP1 298 5 Os rapazes também são deixados a seguir seu próprio caminho. Apenas entraram no período da adolescência antes de se colocarem ao lado de garotas de sua própria idade, acompanhando-as para casa e declarando-lhes amor. E os pais se acham tão escravizados, graças a sua condescendência e mal-aplicado amor aos filhos, que não ousam seguir um procedimento decidido, para promover uma mudança e restringir seus filhos demasiado ousados, nesta idade ousada. -- Testimonies for the Church 2:460 (1870); Conselhos Sobre Saúde, 613, 614. Namoro clandestino MCP1 299 1 Os jovens têm muitas lições a aprender, e a mais importante é aprenderem a conhecer-se a si mesmos. Devem ter idéias corretas acerca de suas obrigações e deveres para com os pais, e estarem constantemente a aprender, na escola de Cristo, a ser mansos e humildes de coração. Ao mesmo tempo que devem amar e honrar os pais, cumpre-lhes também respeitar o juízo dos homens de experiência com os quais se acham ligados na igreja. MCP1 299 2 O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstram-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que há de ser fiel nas obrigações do matrimônio. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886; Fundamentos da Educação Cristã, 101, 102. Não brincar com corações MCP1 299 3 Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostram preferência por moças e lhes despertam as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. -- The Review and Herald, 4 de Novembro de 1884; O Lar Adventista, 57. Conversa sobre assuntos que preocupam a mente MCP1 300 1 Com muitas jovens os rapazes são o tema de conversa; com muitos moços, são as meninas. "A boca fala do que está cheio o coração." Mateus 12:34. Falam desses assuntos que mais lhes ocupam a mente. O anjo relator registra as palavras desses rapazes e meninas professadamente cristãos. Como ficarão confusos e envergonhados quando as defrontarem de novo, no dia de Deus! Muitos jovens são hipócritas piedosos. Os jovens que não fizeram profissão religiosa tropeçam nesses hipócritas e são insensíveis a qualquer esforço que seja feito pelos que se interessam em sua salvação. -- Testimonies for the Church 2:460 (1870). Porque os jovens preferem a companhia dos jovens MCP1 300 2 A razão de se sentirem os jovens em maior liberdade quando estão ausentes os mais velhos, é acharem-se eles com o seu grupo natural. Cada qual pensa que é tão bom quanto o outro. Todos deixam de alcançar o alvo, mas medem-se por si mesmos, negligenciando a única norma perfeita e fiel. Jesus é o Modelo Verdadeiro. Sua vida de sacrifícios é nosso exemplo. -- Testimonies for the Church 1:154, 155 (1857); Testemunhos Selectos 1:47. Uma jovem aconselhada a vigiar suas afeições MCP1 300 3 És por demais ousada com as tuas afeições e, se deixada ao teu próprio modo de procedimento, cometerias um erro de efeito vitalício. Não te vendas a ti mesma em mercado barato. Não te sintas livre com qualquer estudante, embora cavalheiresco. Considera que estás te preparando para efetuar uma obra pelo Senhor, que para bem desempenhar a tua parte, e devolver os talentos Àquele que tos deu, e ouvir de Seus lábios o precioso elogio: "Muito bem, servo bom e fiel" (Mateus 25:23), deves tomar cuidado e não seres negligente quanto a tuas associações. MCP1 301 1 A fim de desempenhares tua parte no serviço de Deus deves ir para a frente com as vantagens de uma educação intelectual o mais completa possível. Precisas de um vigoroso, simétrico desenvolvimento das aptidões mentais, um aperfeiçoamento cultural oportuno, cristão e multilateral, para ser uma verdadeira obreira de Deus. Precisas disciplinar e corrigir teus gostos e tua imaginação e tornar puras todas as tuas aspirações, mediante o habitual domínio próprio. Precisas agir levada por altos, sublimes motivos. Junta toda a eficiência de que és capaz, fazendo o mais que puderes de tuas oportunidades para educação e disciplina do caráter, para preencheres qualquer posição que o Senhor te possa designar. Precisas do equilíbrio de conselhos judiciosos. Não desprezes os conselhos. -- Carta 23, 1893. Disciplina-te a ti mesma MCP1 301 2 Inclinas a aceitar a atenção dos que em tudo são inferiores teus. Deves tornar-te mais sábia mediante a graça de Cristo. Precisas considerar cada passo à luz [do fato] de que não te pertences a ti; és adquirida por preço. Seja o Senhor teu Conselheiro. Não faças coisa alguma que desequilibre ou invalide tua eficiência. Trata fielmente contigo; disciplina-te com diligente esforço. A graça de Jesus Cristo te ajudará a cada passo, se fores dócil e considerada. MCP1 301 3 Escrevo-te isto agora, e tornarei a escrever sem muita demora, pois ao me serem expostos os erros de tua vida passada, não me atrevo a deixar de fazer os mais sinceros rogos a que te apegues estritamente à disciplina. ... MCP1 301 4 Não te deixes desviar para falsas veredas e não mostres preferência à sociedade de rapazes, pois não só prejudicarás tua própria reputação e perspectivas futuras, como também suscitarás esperanças e expectações na mente daqueles a quem mostres preferência, e ficarão como que enfeitiçados por um sentimentalismo amoroso doentio e estragarão tua vida estudantil. Tu e eles estais na escola com o fim de obter uma educação que vos habilite, intelectual e moralmente para maior utilidade nesta vida e para a futura vida imortal. Não cometas o erro de receber atenções de qualquer jovem ou de animá-lo. O Senhor determinou ter uma obra a ser feita por ti. Seja teu motivo atender ao pensamento e vontade de Deus, e não seguir tua própria inclinação, prendendo teu destino futuro com cordas quais liames de aço. -- Carta 23, 1893. Ligações erradas podem desequilibrar as faculdades mentais (conselho a uma mocinha de 18 anos) MCP1 302 1 Não tens o direito de dedicar tuas afeições a qualquer jovem, sem a plena sanção de teu pai e tua mãe. És ainda criança, e mostrar preferência a qualquer jovem sem o pleno conhecimento e sanção de teu pai, é desonrá-lo. Tuas atenções a esse jovem te estão privando da paz mental e de um sono sadio. Estão te enchendo a mente com fantasias tolas e sentimentalismo. Estão te atrasando nos estudos e impondo sérios males a tuas faculdades mentais e físicas. Se há oposição, tornas-te irritadiça e desanimada. -- Carta 9, 1904. Regulamentos escolares MCP1 302 2 Os regulamentos deste colégio [em College City, norte da Califórnia] protegem estritamente a associação de moços e moças durante o período letivo. Só quando esses regulamentos são suspensos temporariamente, como às vezes é o caso, podem os cavalheiros acompanhar as damas à entrada e à saída das reuniões públicas. MCP1 302 3 Nosso próprio colégio em Battle Creek tem regulamentos similares, porém não tão rigorosos. Eles são indispensáveis para proteger os jovens contra o perigo de namoro prematuro e casamento insensato. Os jovens são enviados ao colégio por seus pais, para obterem educação, não para flertarem com o sexo oposto. O bem da sociedade, assim como os mais altos interesses dos alunos, requer que não tentem escolher um companheiro para a vida enquanto seu próprio caráter ainda não se acha desenvolvido, amadurecido o discernimento, encontrando-se eles ao mesmo tempo privados do cuidado e guia paternos. -- The Signs of the Times, 2 de Março de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 62. Fatores de idade, condições e modo de pensar MCP1 303 1 Em todo o nosso trato com os estudantes, devem-se tomar em consideração a idade e o caráter. Não podemos tratar jovens e idosos semelhantemente. Circunstâncias há em que a homens e mulheres de sã experiência e de certa idade se podem conceder alguns privilégios não dispensados a estudantes mais novos. A idade, as condições e o modo de pensar, devem ser tomados em conta. Devemos ser prudentemente considerados em toda a nossa obra. Não devemos, porém, diminuir a firmeza e a vigilância no lidar com alunos de todas as idades, tampouco a estrita proibição das associações sem proveito e imprudentes de jovens e imaturos estudantes. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 101 (1913), [no inglês]. Perigos da paixão MCP1 303 2 Alguns dos que freqüentam o colégio não aproveitam devidamente o tempo. Tomados da vivacidade da juventude, desdenham das restrições que deles se exigem. Especialmente se rebelam contra as regras que não permitem a jovens cavalheiros dispensar atenções a moças. Muito bem conhecido é o mal de semelhante procedimento, neste século corrupto. MCP1 303 3 Num colégio onde tantos jovens se associam, imitar os costumes do mundo neste respeito seria o mesmo que encaminhar os pensamentos para um conduto que os estorvaria na aquisição de conhecimentos e em seu interesse nos assuntos religiosos. A paixão por parte de ambos, rapazes e moças, partilhando mútuas afeições nos dias escolares, mostra falta de são juízo. Como em seu próprio caso, o cego impulso controla a razão e o discernimento. Sob esse cativante engano a momentânea responsabilidade sentida por todo cristão sincero é posta de lado, morre a espiritualidade, e o juízo e a eternidade perdem seu solene significado. -- Testimonies for the Church 5:110 (1882). Quando o amor humano toma a dianteira MCP1 303 4 Para muitos, o amor ao que é humano eclipsa o amor ao divino. Dão o primeiro passo na apostasia, aventurando-se a desrespeitar a expressa ordem do Senhor; e a apostasia completa é muitíssimas vezes o resultado. Sempre se tem demonstrado coisa perigosa os homens fazerem sua própria vontade em oposição às reivindicações de Deus. No entanto, representa para os homens uma dura lição aprender que Deus toma a sério o que diz. Via de regra, os que escolhem para amigos e companheiros, pessoas que rejeitam a Cristo e pisam na lei de Deus, finalmente mostram o mesmo pensamento e espírito. -- The Signs of the Times, 19 de Maio de 1881; Filhos e Filhas de Deus, 165. Casamentos mistos MCP1 304 1 Se tu, meu irmão, és tentado a unir o interesse de toda tua vida a uma menina jovem e inexperiente, na realidade deficiente quanto à educação nos deveres comuns e práticos dos deveres cotidianos da vida, cometes um erro; essa deficiência, porém, é pequena em comparação com a ignorância dela em relação a seu dever para com Deus. Ela não tem sido privada da luz; teve privilégios religiosos, e todavia não sentiu sua miserável pecaminosidade, sem Cristo. Se, tomado de paixão, és capaz de ausentar-te da reunião de oração -- onde Deus Se encontra com o Seu povo -- para desfrutares a sociedade de uma pessoa que não tem amor a Deus e não vê atrativos na vida religiosa, como podes esperar que Deus coroe de felicidade semelhante união? -- Testimonies for the Church 3:44 (1872); Mensagens aos Jovens, 437, 438. Casamento de crentes com descrentes MCP1 304 2 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença aos ensinamentos da Palavra de Deus a respeito do casamento de cristãos com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus, preferem seguir a inclinação de seu próprio pensamento, em vez de tomar conselho da Infinita Sabedoria. Em assunto que concerne vitalmente à felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o próximo, são postos de lado a razão, o discernimento e o temor de Deus, e permite-se que o cego impulso, a obstinada determinação tomem o controle. MCP1 304 3 Homens e mulheres em outros aspectos sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos a conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes e dos servos de Deus. A expressão de cautela ou advertência é considerada impertinente intrometimento, e o amigo que é bastante fiel para proferir uma advertência é tratado como inimigo. Tudo isto é tal qual Satanás o quer. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o colo da concupiscência; domina a paixão profana até que, demasiado tarde, a vítima desperta para uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro pintado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Não é dada a aprovação de Deus a uniões que Ele proibiu expressamente. -- Testimonies for the Church 5:365, 366 (1885); Testemunhos Selectos 2:123. Definição de um descrente MCP1 305 1 Mesmo que o companheiro de tua escolha fosse em todos os outros respeitos digno (o que não se dá), no entanto ele não aceitou a verdade para este tempo; é descrente; e és proibida pelo Céu de unir-te a ele. Não podes, sem perigo para tua alma, desrespeitar esta ordem divina. -- Testimonies for the Church 5:364 (1885); Testemunhos Selectos 2:121. O terreno proibido das fantasias profanas (conselho a um ministro) MCP1 305 2 Foste apresentado a mim como estando em grave perigo. Satanás está ao teu encalço, e por vezes te tem segredado fábulas agradáveis, mostrando-te encantadores quadros de alguém que ele representa como te sendo uma companheira mais adaptada do que a esposa de tua mocidade, a mãe de teus filhos. MCP1 305 3 Satanás está operando furtivamente, incansavelmente, para conseguir tua queda mediante especiosas tentações. Está ele resolvido a fazer-se teu professor, e deves agora colocar-te onde possas receber forças para lhe resistir. Ele espera envolver-te nas malhas do espiritualismo. Espera afastar da esposa a tua afeição e fixá-la em outra mulher. Deseja que lhe permitas que o pensamento demore sobre essa mulher até que, graças a uma afeição profana, ela se torne para ti uma deusa. MCP1 305 4 O inimigo das almas ganha muito quando consegue levar a imaginação de um dos escolhidos atalaias de Jeová a demorar o pensamento nas possibilidades de associação, no mundo por vir, com uma mulher a quem ama, e ali criar família. Não precisamos desses quadros aprazíveis. Todos esses pontos de vista se originam da mente do tentador. ... MCP1 306 1 Foi-me apresentado o fato de que as fábulas espirituais estão levando cativos a muitos. Tua mente é sensual, e a menos que venha uma mudança, isso se demonstrará tua ruína. A todos os que condescendem com fantasias profanas, desejo dizer: Parai! por amor de Cristo, parai exatamente onde estais. Estais em terreno proibido. Arrependei-vos, eu vos rogo, e convertei-vos. -- Carta 231, 1903; Medicina e Salvação, 100, 101. Amor livre MCP1 306 2 Tenho visto esses fantasiosos pareceres [espiritualistas e panteístas] acerca de Deus -- resultarem em apostasia, espiritualismo e amor livre. A tendência desses ensinos para o amor livre era tão disfarçada que a princípio era difícil tornar claro seu verdadeiro caráter. Antes que o Senhor me apresentasse o caso, eu não sabia que nome lhe dar, mas fui instruída a chamar-lhe: amor espiritual profano. -- The Signs of the Times, 292 (1904). Amor não é sentimentalismo MCP1 306 3 O amor e a simpatia que Jesus deseja demos a outros, não tem o sabor de sentimentalismo, que é uma cilada para a alma; é um amor que é de extração celestial, que Jesus exemplifica tanto por preceito como pelo exemplo. Mas em vez de manifestar esse amor, quantas vezes nos achamos alienados e separados um do outro! ... O resultado é nosso afastamento de Deus, uma vida definhada, uma atrofia do crescimento cristão. -- The Youth's Instructor, 20 de Outubro de 1892; Filhos e Filhas de Deus, 145. Identificada a falsificação MCP1 306 4 Somos advertidos pelo apóstolo: "O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Romanos 12:9, 10. Paulo desejava que distinguíssemos, entre o amor puro, abnegado, que é induzido pelo espírito de Cristo, e a pretensão sem sentido e enganosa, que é abundante no mundo. MCP1 307 1 Essa vil falsificação tem desviado muitas almas. Pretendia apagar a distinção entre o certo e o errado, concordando com o transgressor, em vez de fielmente mostrar-lhe os seus erros. Tal procedimento nunca provém da verdadeira amizade. O espírito pelo qual é induzido só habita no coração carnal. Conquanto o cristão seja sempre bondoso, compassivo e perdoador, não pode ele sentir-se em harmonia com o pecado. Aborrecerá o mal e se apegará ao que é bom, mesmo com sacrifício da associação ou amizade com os ímpios. O espírito de Cristo nos levará a odiar o pecado, ao mesmo tempo que estaremos dispostos a fazer qualquer sacrifício para salvar o pecador. -- Testimonies for the Church 5:171 (1882). Escolha de companheiro MCP1 307 2 Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com o seu amor. -- A Ciência do Bom Viver, 359 (1905). ------------------------Capítulo 33 -- Perigos que defrontam a juventude Os hábitos determinam o destino MCP1 308 1 Na infância e na mocidade, o caráter é extremamente impressionável. Deve ser adquirido então o domínio de si mesmo. Exercem-se, no círculo da família, ao redor da mesa, influências cujos resultados são duradouros como a eternidade. Acima de quaisquer dotes naturais, os hábitos estabelecidos nos primeiros anos decidem se um homem será vitorioso ou vencido na batalha da vida. A juventude é o tempo da semeadura. Determina o caráter da colheita, para esta vida e para a outra. -- O Desejado de Todas as Nações, 101 (1898). Disciplina própria, e condescendência própria MCP1 308 2 O mundo está entregue à condescendência com as próprias inclinações. Abundam erros e fábulas. Multiplicam-se os ardis de Satanás para destruir as almas. Todos quantos querem aperfeiçoar a santidade no temor de Deus, têm de aprender as lições da temperança e do domínio de si mesmo. Os apetites e paixões devem ser mantidos em sujeição às mais elevadas faculdades do espírito. Esta disciplina de si mesmo é essencial àquela resistência mental e visão espiritual que nos habilitarão a compreender e praticar as sagradas verdades da Palavra de Deus. É por esta razão que a temperança tem seu lugar na obra de preparação para a segunda vinda de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 101 (1898). "Portai-vos varonilmente, fortalecei-vos" MCP1 309 1 Os jovens devem ter idéias amplas e planos sábios, para poderem tirar o maior proveito de suas oportunidades e apanhar a inspiração e a coragem que animaram os apóstolos. Diz João: "Eu vos escrevi, mancebos, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno." Elevada norma é apresentada perante a mocidade, e Deus a convida a entrar em serviço real para Ele. Moços de coração sincero, que se deleitam em ser alunos na escola de Cristo, podem fazer grande obra pelo Mestre, se tão-somente derem ouvidos à ordem do Comandante, ao ressoar ela ao longo das fileiras até ao nosso tempo: "Portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos." 1 Coríntios 16:13. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1891; Mensagens aos Jovens, 24. Perigo de negligenciar a educação e o preparo especial MCP1 309 2 Os jovens que desejam ingressar no campo como pastores, colportores ou angariadores, devem primeiro receber um conveniente grau de educação mental, assim como um preparo especial para sua vocação. Os que são pouco educados, despreparados e incultos não estão em condições de ingressar num campo em que a poderosa influência do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco saberão eles enfrentar com êxito as estranhas formas de erros, religiosos e filosóficos combinados, para expor os quais se requer o conhecimento de verdades científicas assim como escriturísticas. -- Testimonies for the Church 5:390 (1885); Obreiros Evangélicos, 81. O brilhantismo não assegura o êxito MCP1 309 3 Não é verdade que os mais inteligentes jovens sejam sempre os que mais êxito conseguem. Quantas vezes homens de talento e educação têm sido colocados em posições de confiança, demonstrando-se um fracasso! Seu brilho tinha aparência de ouro, mas, quando provado, mostrou-se apenas ouropel e escória. Fizeram de sua obra um fracasso devido à falta de fidelidade. MCP1 309 4 Não eram industriosos e perseverantes, e não iam ao fundo das coisas. Não estavam dispostos a começar do início da escada, subindo, mediante paciente labor, lance após lance, até chegar ao topo. Caminharam nas faíscas que eles mesmos acenderam. Não confiaram na sabedoria que só Deus pode dar. Sua falha não proveio de falta de ensejo, mas de sobriedade. Não sentiram que suas vantagens de educação lhes eram de valor, e assim não avançaram como podiam ter feito, no conhecimento de religião e de ciência. Seu espírito e caráter não foram equilibrados por elevados princípios de justiça. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 193. Não há virtude na ignorância MCP1 310 1 Julgavas da mais alta importância obter uma educação científica. Não há virtude na ignorância, e não é certo que necessariamente os conhecimentos atrofiem o crescimento cristão; se, porém, tu os buscares dirigido por princípios, tendo em vista o objetivo certo e sentindo tua obrigação para com Deus, de usares tuas faculdades para bem dos outros e para promoveres a Sua glória, os conhecimentos te ajudarão a alcançar esse fim; isso te ajudará a pores em exercício as faculdades que Deus te concedeu e empregá-las em Seu serviço. -- Testimonies for the Church 3:223 (1872). Preferindo o lado da desgraça MCP1 310 2 A palavra divina julgar-nos-á, a cada um de nós, no grande dia final. Os rapazes falam acerca de ciência, e sua sabedoria está acima do que está escrito; buscam explicar os caminhos e obras de Deus de modo a satisfazer a própria compreensão finita; tudo isso, porém, é deplorável fracasso. MCP1 310 3 A verdadeira ciência e a inspiração se acham em perfeita harmonia. A falsa ciência é um tanto independente da divindade. Não passa de pretensiosa ignorância. Esse enganoso poder tem cativado e escravizado a mente de muitos, os quais preferiram as trevas à luz. Colocaram-se ao lado da incredulidade, como se duvidar fora virtude, indício de elevação de espírito -- quando, ao contrário, é sinal de espírito demasiado fraco e estreito para perceber a Deus em Suas obras criadas. Não poderiam sondar o mistério de Sua providência, ainda que, com todas as suas forças, o estudassem por toda a vida. E porque as obras divinas não podem ser explicadas por mentes finitas, Satanás traz sobre eles seus sofismas, e enreda-os nas malhas da incredulidade. Caso esses duvidosos se ponham em íntimo contato com Deus, Ele tornará claros Seus desígnios à compreensão deles. -- Testimonies for the Church 4:584, 585; Testemunhos Selectos 1:583. Poder destrutivo da dúvida MCP1 311 1 Não há desculpa para a dúvida ou cepticismo. Deus tomou amplas medidas para estabelecer a fé de todos os homens, caso eles estejam dispostos a tomar sua decisão em face da força das evidências. Se, porém, esperam que sejam removidas todas as aparentes objeções, para então crerem, nunca virão a ficar estabelecidos, arraigados e firmados na verdade. Deus nunca afastará todas as aparentes dificuldades de nosso caminho. Os que desejam duvidar, encontrarão ensejo para isso; os que desejam crer, acharão abundância de provas em que basearem a fé. MCP1 311 2 É inexplicável a atitude de alguns -- inexplicável mesmo para eles. Esses andam flutuando sem uma âncora, jogados daqui para ali na cerração da incerteza. Bem logo Satanás se apodera do leme, e dirige-lhes o frágil batel a seu bel-prazer. Ficam sujeitos a sua vontade. Não houvessem essas mentes dado ouvidos a Satanás, e não teriam sido enganadas pelos seus sofismas; houvessem permanecido firmes do lado de Deus, e não teriam ficado confundidas e perplexas. -- Testimonies for the Church 4:583, 584; Testemunhos Selectos 1:582. Fracasso em pôr em uso prático os conhecimentos adquiridos MCP1 311 3 Mas, jovens, se, embora alcanceis muito conhecimento, deixardes de pôr em uso prático esse conhecimento, deixareis de alcançar seu objetivo. Se, ao obterdes educação, vos tornardes tão absortos em vossos estudos que negligencieis a oração e os privilégios religiosos, tornando-vos descuidosos e indiferentes quanto ao bem-estar de vossa alma, se deixardes de aprender na escola de Cristo, estareis vendendo vossos direitos de primogenitura por um guisado de lentilhas. O objetivo pelo qual estais adquirindo educação não deve ser perdido de vista, por um momento sequer. Deve ser: Aperfeiçoar e dirigir vossas faculdades de modo a vos tornardes mais úteis e serdes uma bênção a outrem, até ao limite de vossa capacidade. MCP1 312 1 Se, ao obter conhecimentos, aumentardes vosso amor a vós mesmos e vossa tendência a recusar-vos assumir responsabilidades, será melhor que desistais de educar-vos. Se amardes e idolatrardes os livros, permitindo que se interponham entre vós e vossos deveres, de modo que vos sintais relutantes em abandonar vossos estudos e vossas leituras, para fazer um trabalho necessário, que alguém terá que fazer, deveis então restringir vosso desejo de estudar, e cultivar o amor ao fazer os trabalhos em que não tendes interesse agora. Quem for fiel no pouco, será também fiel nas grandes realizações. -- Testimonies for the Church 3:223, 224 (1872). Males da inação física e da excessiva atividade mental MCP1 312 2 O corpo todo se destina à ação; e a menos que as capacidades físicas sejam conservadas sadias mediante exercício ativo, as capacidades mentais não poderão ser usadas muito tempo na sua maior produtividade. A inação física que parece quase inevitável na sala de aula -- juntamente com outras condições insalubres -- faz da referida sala um lugar penoso às crianças, especialmente as de constituição fraca. ... Não admira que tantas vezes o fundamento de uma longa vida de enfermidades seja lançado na sala de aula. O cérebro, o mais delicado de todos os órgãos, e aquele de que se deriva a energia nervosa do organismo todo, é o que sofre o maior dano. Forçado a uma atividade prematura ou excessiva, e isto sob condições insalubres, debilita-se e muitas vezes os maus resultados são permanentes. -- Educação, 207, 208 (1903). Fugindo a encargos e labuta (experiência de dois jovens) MCP1 312 3 Esses jovens têm em casa deveres que passam por alto. Não aprenderam a levar a sério o dever, e assumir as responsabilidades domésticas que lhes cabem. Possuem uma mãe fiel e prática, a qual tem levado muitas cargas que os filhos não deveriam haver permitido que ficassem sobre ela. Nisto deixaram de honrar sua mãe. Não partilharam dos encargos do pai como era seu dever, negligenciando honrá-lo como deviam. Seguem a inclinação de preferência ao dever. MCP1 313 1 Têm seguido na vida uma direção egoísta com o fugir a encargos e trabalhos, deixando de obter uma valiosa experiência de que, se querem ter êxito na vida, não podem consentir em ser privados. Não têm sentido a importância de ser fiéis nas pequeninas coisas, nem na obrigação, para com seus pais, de ser verdadeiros, íntegros e fiéis nos humildes, singelos deveres da vida, que se lhes encontram pela frente. Passam por alto os ramos comuns de conhecimento, tão necessários à vida prática. -- Testimonies for the Church 3:221, 222; Mensagens aos Jovens, 339. Recreação versus divertimentos MCP1 313 2 Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, na verdadeira acepção do termo -- re-criação -- tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, ela proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida. O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito na vida. -- Educação, 207 (1903). Alegria insensata MCP1 313 3 Nossa recreação não se deve constituir de cenas de alegria insensata, tomando a forma de ridículo. Podemos conduzir-nos de maneira que elevemos e beneficiemos aqueles com quem nos associamos, melhor qualificando-nos, como também a eles, para com mais êxito atendermos aos deveres que sobre nós impedem, como cristãos que somos. -- História da Redenção, Julho 1871; O Lar Adventista, 493. As danças modernas MCP1 313 4 A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e a moral são sacrificadas ao prazer. Para os que freqüentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembléia deles. MCP1 314 1 Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem. -- Patriarcas e Profetas, 707 (1890). Procurando satisfação em divertimentos e prazeres MCP1 314 2 O inimigo busca por muitas maneiras desviar-nos o espírito do estudo da Palavra. Muitos leva ele a buscar satisfação em divertimentos e prazeres que parecem desejáveis ao coração carnal. Mas os verdadeiros filhos de Deus não procuram sua felicidade neste mundo; buscam as perduráveis alegrias de um lar na cidade eterna, onde Cristo habita, e onde os remidos receberão as recompensas da obediência aos mandamentos de Deus. Estes não desejam as diversões transitórias, baratas, desta vida, mas a duradoura bem-aventurança do Céu. -- Manuscrito 51, 1912; Nossa Alta Vocação, 284. Pensamentos tolos e conversação fútil MCP1 314 3 Por que não conservar a mente fixa nas insondáveis riquezas de Cristo, a fim de que possais apresentar a outrem as jóias da verdade? ... É possível fazer isso enquanto condescendermos com um espírito ocioso, e desassossegado, sempre a buscar algo que satisfaça os sentidos, algo que divirta e provoque uma risada insensata. ... Não devemos pôr nossa mente em coisas como essas, quando há para nós riquezas insondáveis. Levará toda a eternidade para compreendermos as riquezas da glória de Deus e de Jesus Cristo. MCP1 315 1 Mas as mentes que se ocupam com leituras frívolas, com contos excitantes, ou com a busca de divertimentos, não demoram o pensamento em Cristo nem podem regozijar-se na plenitude de Seu amor. A mente que encontre prazer em pensamentos insensatos e conversação fútil é tão destituída da alegria que vem de Cristo como eram as colinas de Gilboa do orvalho e da chuva. -- The Review and Herald, 15 de Março de 1892. A roda viva do excitamento MCP1 315 2 As cidades modernas estão rapidamente se transformando em Sodomas e Gomorras. Numerosos são os dias de folga; o torvelinho da agitação e do prazer desvia milhares de pessoas dos austeros deveres da vida. Os esportes enervantes -- o teatro, as corridas de cavalos, os jogos de azar, as bebidas e as bacanais -- excitam ao máximo todas as paixões. MCP1 315 3 A juventude é levada de roldão pela onda popular. Os que se deixam dominar pelas diversões, abrem a porta para um dilúvio de tentações. Dedicam-se a divertimentos sociais e a irrefletida alacridade. Passam de uma a outra forma de dissipação, até perderem tanto o desejo como a capacidade de viver de maneira útil. Esfriam as aspirações religiosas; debilita-se a vida espiritual. As mais nobres faculdades da alma, numa palavra, tudo quanto liga o homem ao mundo espiritual, é envilecido. -- Testimonies for the Church 9:89, 90 (1909); Testemunhos Selectos 3:326. Reuniões sociais MCP1 315 4 Muitos permitem aos jovens assistirem a reuniões sociais, julgando que o divertimento é essencial à saúde e à felicidade; quantos perigos, no entanto, nessa orientação! Quanto mais satisfeito o desejo do prazer, tanto mais cultivado é ele, e mais forte se torna. A experiência da vida forma-se largamente da satisfação do próprio eu nas diversões. Deus nos manda estar em guarda. "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:12. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 313 (1913). Frivolidade, um perigo MCP1 315 5 Um modelo, só, é dado aos jovens, mas como a vida deles se compara com a vida de Cristo? Sinto-me alarmada ao testemunhar por toda parte a frivolidade de jovens, moços e moças, que professam crer na verdade. Parece que Deus não está em suas cogitações. Têm a mente cheia de tolices. Sua conversa não passa de um falar vazio, frívolo. Têm ouvido agudo para a música, e Satanás sabe que órgãos excitar, animar, absorver e encantar a mente, de modo que Cristo não seja desejado. Falta o anseio espiritual da alma, em busca de conhecimento divino e de crescimento na graça. -- Testimonies for the Church 1:496, 497 (1867). A condescendência rouba ao cérebro o seu poder MCP1 316 1 A mesma testemunha que registrou a profanidade de Belsazar está presente conosco aonde quer que vamos. Jovens, moços e meninas, talvez não reconheçais que Deus vos está contemplando; podeis julgar que estais na liberdade de dar vazão aos impulsos do coração natural, que podereis contemporizar com leviandades e futilidades, mas de todas essas coisas tereis de dar conta. Conforme semeais, haveis de colher, e se tirardes os alicerces de vossa casa, roubando ao cérebro a sua nutrição e aos nervos o seu poder, mediante a dissipação e a condescendência com o apetite e a paixão, tereis de prestar contas Àquele que diz: "Conheço as tuas obras." -- The Review and Herald, 29 de Março de 1892. O prazer indiscriminado atrofia a mente MCP1 316 2 Assim como o comer apressadamente o alimento temporal é prejudicial à saúde física, assim o guloso deglutir de tudo que tenha a semelhança de prazer atrofia a mente, levando-a a recusar o alimento espiritual que lhe é apresentado. A mente é educada a ansiar pelo prazer como o ébrio anseia pela taça de licor. Parece impossível resistir à tentação. O pensamento sóbrio torna-se-lhe sem sabor porque a apresentação não satisfaz. Não existe nada de aprazível na idéia de ler e estudar as palavras da vida eterna. -- Carta 117, 1901. Divertimentos perigosos MCP1 316 3 Qualquer diversão que os desqualifique para a oração secreta, para a devoção junto ao altar de oração, ou para tomar parte na reunião de oração não é segura, mas sim perigosa. -- Testimonies for the Church 3:223 (1872). Condescendência com o apetite prejudica a saúde do corpo e da alma MCP1 317 1 Tomas em consideração, jovem, que ao escolheres teus princípios de ação e submeter o espírito a influências, estás formando teu caráter para a eternidade? Não podes ocultar coisa alguma a Deus. Podes praticar maus atos em segredo, mas não ficam ocultos de Deus e dos anjos. Eles vêem esses atos, e tens de defrontá-los de novo. Deus não está satisfeito contigo; de ti é exigido estares muito mais adiantado em conhecimento espiritual. MCP1 317 2 Com todos os privilégios e oportunidades que Deus te concedeu, não tens obras correspondentes. Tens um dever para com os outros, e um dever compreendido imperfeitamente será executado imperfeitamente. Há enganos e erros que não só são prejudiciais a ti mesmo mas ajudam a tornar outros presos a práticas erradas. Tens hábitos alimentares que praticas, em detrimento da saúde do corpo como da alma. Teus hábitos têm sido intemperantes, segundo os hábitos e costumes do mundo, e tua saúde tem sofrido por tua contemporização com o apetite. O cérebro se tornou anuviado, e nunca terás pensamentos claros, puros, antes que teus hábitos e práticas estejam de acordo com as leis de Deus em a Natureza. -- Carta 36, 1887. Fugir das tentações MCP1 317 3 Evita cair em tentação. Quando tentações te cercam, e não podes controlar as circunstâncias que te expõem a elas, então podes reclamar a promessa de Deus e com confiança e consciente poder, exclamar: "Tudo posso nAquele que me fortalece." Filipenses 4:13. Existe força para todos vós, em Deus. Mas nunca sentireis necessidade dessa força que, só, pode salvar-vos, a não ser que sintais vossa fraqueza e pecaminosidade. MCP1 317 4 Jesus, teu precioso Salvador, chama-te agora para tomar posição firme, sobre a plataforma da eterna verdade. Se sofreres com Ele, Ele te coroará com glória, em Seu reino eterno. Se estás disposto a tudo sacrificar por Ele, então Ele será teu Salvador. Se, porém, preferires seguir teu próprio caminho, continuarás a andar em trevas até que seja tarde demais para assegurar-te da recompensa eterna. -- Testimonies for the Church 3:45, 46 (1872). Entreter ambições justas MCP1 318 1 Ama a justiça porque é justiça, e analisa teus sentimentos, tuas impressões à luz da Palavra de Deus. A ambição mal dirigida te levará à tristeza, tão certo como é a ela cederes. Tento apanhar as próprias palavras e expressões que foram proferidas em referência a esse assunto, e enquanto a pena hesita por um momento, vêm-me à mente as palavras apropriadas, e quero que me entendas. MCP1 318 2 Entretém uma ambição que traga glória a Deus, porque é santificada pelo Espírito Santo. Deixa que o óleo santo, que procede dos dois ramos de oliveira, arda com santo brilho sobre o altar de tua alma. A obra desses dois ramos de oliveira representa a riquíssima comunicação do Espírito Santo. -- Carta 123, 1904. ------------------------Capítulo 34 -- A consciência Exaltar a consciência a seu justo lugar de autoridade MCP1 319 1 Deus propiciou ao homem mais do que simples vida animal. Ele "amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Espera Ele que, aqueles pelos quais fez tão grande sacrifício, demonstrem sua estima de Seu amor, seguindo o exemplo que Cristo lhes firmou, levando vida que esteja em harmonia com a Sua vontade. Espera que correspondam ao amor que expressou por eles, negando-Se a Si mesmo para o bem dos outros. Espera que usem ao Seu serviço as faculdades da mente e do corpo. Ele lhes deu sentimento, e espera que usem para Sua glória esse dom precioso. Deu-lhes uma consciência, e proíbe-lhes abusar de qualquer modo desse dom; deve, antes, ser exaltado ao lugar de autoridade que lhe designou. -- The Southern Watchman, 1 de Março de 1904. Controlar a consciência e cultivar disposição amável MCP1 319 2 Devemos todos cultivar disposição amável, sujeitando-nos ao controle da consciência. O espírito da verdade torna melhores homens e mulheres aqueles que o recebem no coração. Ele atua qual fermento, até que o ser todo seja posto em conformidade com os seus princípios. Abre o coração que foi enregelado pela avareza; abre a mão que sempre se manteve cerrada ao sofrimento humano; e como seus frutos vêem-se caridade e bondade. -- Testimonies for the Church 4:59 (1876). Uma consciência pura é aquisição maravilhosa MCP1 320 1 Uma consciência sem ofensa para com Deus e o homem é maravilhosa aquisição. -- Manuscrito 126, 1897; Nossa Alta Vocação, 141. Desprezar a consciência é terrível perigo MCP1 320 2 Dia-a-dia homens e mulheres estão decidindo seu destino eterno. Foi-me mostrado que muitos estão em grande perigo. Quando um homem faz ou diz qualquer coisa para alcançar o fim que tem em vista, nada senão o poder de Deus pode salvá-lo. Seu caráter precisa ser transformado antes de ele ter boa consciência, sem ofensa para com Deus ou o homem. O próprio eu tem de morrer, e Cristo tem de tomar posse do templo da alma. Quando, rejeitando a luz que Deus lhes deu, os homens abusam da consciência e a pisam aos pés, estão em terrível perigo. Periclita seu futuro bem-estar eterno. -- Carta 162, 1903. Satanás tenta sufocar a consciência MCP1 320 3 Satanás usa sua influência para sufocar a voz de Deus e a voz da consciência, e o mundo age como sob o seu controle. Os homens o escolheram como líder seu. Estão sob sua bandeira. Não querem ir ter com Cristo para que tenham vida. Possuídos de esquemas de prazer e divertimento, porfiam por aquilo que perecerá com o uso. -- Manuscrito 161, 1897. Um só passo errado pode mudar a vida MCP1 320 4 A remoção de uma só salvaguarda da consciência, o deixar de fazer a própria coisa que o Senhor indicou, um só passo no caminho dos maus princípios, muitas vezes levam a uma inteira mudança da vida e atuação. ... Só estamos seguros ao seguir aonde Cristo toma a dianteira. A vereda se tornará mais clara, brilhando mais e mais, até ser dia perfeito. -- Carta 71, 1898. A consciência violada enfraquece MCP1 321 1 A consciência uma vez violada fica grandemente enfraquecida. Carece da força de constante vigilância e oração incessante. -- Testimonies for the Church 2:90, 91 (1888); Testemunhos Selectos 1:199. A consciência violada torna-se indigna de confiança MCP1 321 2 Aquele que, após ouvir a verdade lhe volve costas, porque, aceitá-la, retardaria seu êxito em ramos de comércio, afasta-se de Deus e da luz. Vende a alma em mercado barato. Sua consciência será sempre indigna de confiança. Fez uma barganha com Satanás, violando a consciência que, se conservada pura e sincera, ter-lhe-ia sido de mais valor do que o mundo todo. Aquele que recusa a vida, participa do fruto da desobediência, como fizeram Adão e Eva, no Éden. -- Manuscrito 27, 1900. A perda da integridade consciente paralisa as energias MCP1 321 3 Uma vez que percas a integridade consciente, tua alma torna-se, para Satanás, um campo de batalha; tens dúvidas e temores suficientes para paralisar tuas energias e tanger-te para o desencorajamento. Uma vez afastado o favor de Deus, sabes que alguns de vós tentastes preencher o lugar, procurando compensar a perda do testemunho do Espírito Santo de que sois filhos de Deus, entregues à excitação mundana, associando-vos aos mundanos. -- Carta 14, 1885. A consciência violada torna-se um tirano MCP1 321 4 A consciência violada torna-se um tirano sobre outras consciências. -- Carta 88, 1896. Satanás controla a consciência obscurecida pelo álcool MCP1 321 5 O ébrio vende a razão por um copo de veneno. Satanás toma posse de sua razão, afeições e consciência. Tal homem está destruindo o templo de Deus. O beber chá ajuda a fazer essa obra. Todavia quantos há que põem esses instrumentos destrutivos em sua mesa, sufocando assim os atributos divinos. -- Manuscrito 130, 1899; Temperança, 79, 80. O regime alimentar afeta a consciência MCP1 322 1 Alimento gorduroso e estimulante torna o sangue febril, excita o sistema nervoso e muitas vezes embota as percepções morais, de modo que a razão e a consciência são levadas de vencida pelos impulsos sensuais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 243. Saúde e consciência MCP1 322 2 A saúde é uma bênção inestimável, e mais intimamente relacionada com a consciência e a religião, do que muitos imaginam. Afeta grandemente a capacidade da pessoa. Todo ministro deve sentir que, se quer ser um guarda fiel do rebanho, deve manter todas as faculdades em condições de prestar o melhor serviço possível. -- Obreiros Evangélicos, 242 (1893); Conselhos Sobre Saúde, 566. A consciência, eficaz agente na restauração da saúde MCP1 322 3 Se estais sobrecarregados e cansados, não precisais encolher-vos quais folhas num ramo emurchecido. A disposição animada e jovial e a consciência clara são melhores do que drogas e serão eficaz agente na restauração da saúde. -- História da Redenção, Junho 1871; Minha Consagração Hoje, 175. Possibilidade de estar conscienciosamente errado MCP1 322 4 Muitos entretêm a idéia de que a pessoa pode praticar qualquer ato que ela creia conscienciosamente estar certo. A questão, porém, é: Tem essa pessoa uma consciência bem instruída, boa mesmo, ou é tendenciosa e distorcida por suas próprias opiniões preconcebidas? A consciência não se propõe tomar o lugar de um "assim diz o Senhor". As consciências não se harmonizam todas, nem são todas igualmente inspiradas. Algumas consciências estão mortas, cauterizadas como com ferro quente. Pode haver homens conscienciosamente errados, assim como conscienciosamente certos. Paulo não cria em Jesus de Nazaré, e caçava os cristãos de cidade em cidade, verdadeiramente crendo que estivesse ao serviço de Deus. -- Carta 4, 1889. Percepções humanas, guia instável MCP1 322 5 "São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!" Mateus 6:22. MCP1 323 1 Estas palavras têm um primeiro e um segundo sentidos -- um sentido literal e outro figurado. São repletas de verdade com referência aos olhos físicos, com os quais vemos objetos externos. E são verdadeiras também em relação aos olhos espirituais, a consciência, com os quais nós avaliamos o bem e o mal. Se os olhos da alma, isto é, a consciência, é perfeitamente sadia, a alma será ensinada corretamente. MCP1 323 2 Quando, porém, a consciência é guiada por percepções humanas, que não são submissas e abrandadas pela graça de Cristo, a mente está em condição enfermiça. Então as coisas não são vistas em suas conseqüências certas. A imaginação é trabalhada, e os olhos da mente vêem as coisas a uma luz falsa, distorcida. MCP1 323 3 Precisas de uma visão clara, compassiva. Tua consciência sofreu abusos e tornou-se insensível, mas se seguires a conduta certa, nova sensibilidade te virá. -- Carta 45, 1904. Quando podemos confiar na consciência MCP1 323 4 Mas dirá alguém: "Minha consciência não me condena por não estar guardando os mandamentos de Deus." Na Palavra de Deus, porém, lemos que há boas e más consciências, e o fato de não te condenar a tua consciência por não guardares a lei de Deus, não prova que estejas sem condenação à vista divina. MCP1 323 5 Leva tua consciência para junto da Palavra de Deus e vê se tua vida e caráter estão de acordo com a norma de justiça que Deus ali revelou. Poderás então determinar se tens ou não tens uma fé inteligente, e que espécie de consciência é a tua. A consciência do homem não merece confiança a menos que esteja sob a influência da graça divina. Satanás se prevalece de uma consciência não iluminada, e assim leva os homens a toda sorte de enganos, porque não fizeram da Palavra de Deus o seu conselheiro. Muitos têm forjado um evangelho seu próprio, da mesma forma que substituíram a lei de Deus por outra, de sua própria feitura. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1901. A palavra de Deus, a norma MCP1 324 1 Não basta ao homem julgar-se seguro seguindo os ditames de sua consciência. ... O ponto a ser assentado é: Está a consciência em harmonia com a Palavra de Deus? Se não, não pode ser seguida com segurança, pois enganará. A consciência precisa ser esclarecida por Deus. Importa que se consagre tempo ao estudo das Escrituras e à oração. Assim se estabelecerá a mente, e fortalecerá, e fixará. -- Carta 21, 1901; Nossa Alta Vocação, 141. Está a consciência mudando a vossa vida? MCP1 324 2 Podeis ter consciência, e esta pode trazer-vos convicção, mas a questão é: É essa convicção um agente atuante? Atinge essa convicção vosso coração e atos do homem interior? Verifica-se uma purificação das sujidades do templo da alma? Isto é o que nós precisamos, porque vivemos em tempo como o dos dias dos filhos de Israel; e se tendes quaisquer pecados, não vos detenhais até que eles sejam corrigidos e removidos. -- Manuscrito 13, 1894. A influência da verdade sobre a consciência e o coração MCP1 324 3 Diz o salmista: "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Salmos 119:130. Quando a verdade atua apenas sobre a consciência, ela cria muito desassossego; mas quando a verdade é convidada para adentrar o coração, o ser todo é levado em cativeiro a Jesus Cristo. Os próprios pensamentos são feitos cativos, pois a mente de Cristo opera onde a vontade é submetida à vontade de Deus. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filipenses 2:5. Aquele a quem o Senhor liberta é de fato livre, e não pode ser levado em servil cativeiro do pecado. -- Manuscrito 67, 1894. A verdade mantida apenas pela consciência, agitará a mente MCP1 324 4 Por sua consciência, todo judeu sincero se convencia de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, mas o coração, em seu orgulho e ambição, não se rendia. Mantinham uma oposição à luz da verdade, à qual estavam decididos a resistir e negar. Quando a verdade é considerada como tal apenas pela consciência, quando o coração não é estimulado e tornado receptivo, a verdade tão-somente agita a mente. Mas quando a verdade é como tal recebida no coração, ela passou através da consciência e cativou a alma por seus puros princípios. É posta no coração pelo Espírito Santo, que adapta a sua formosura à mente a fim de que seu transformador poder possa ser visto no caráter. -- Manuscrito 130, 1897. Deus não força a consciência MCP1 325 1 Deus nunca força a vontade ou a consciência; porém o recurso constante de Satanás para alcançar domínio sobre os que de outra maneira não pode seduzir, é o constrangimento pela crueldade. Por meio do medo ou da força, procura reger a consciência e conseguir para si mesmo a homenagem. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 591 (1888). Quando a consciência é guia seguro MCP1 325 2 Aquele cuja consciência é guia seguro, não se detém a arrazoar, quando a luz brilha sobre ele, provinda da Palavra de Deus. Ele não será guiado por conselho humano. Não permitirá que negócios mundanos lhe impeçam a obediência. Deporá todo interesse egoísta à porta da investigação e se aproximará da Palavra de Deus como alguém cujo interesse eterno esteja na balança. -- Manuscrito 27, 1900. Emoções e desejos submetidos à razão e à consciência MCP1 325 3 Se não quisermos cometer pecado, temos de evitar seu próprio princípio. Cada emoção e desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência. Todo pensamento pecaminoso tem de ser instantaneamente repelido. Para a câmara de oração, seguidores de Cristo! Orai com fé e de todo o coração. Satanás está vigilante, para enlaçar-vos os pés. Precisais ter socorro do alto, se quereis escapar de seus ardis. -- Testimonies for the Church 5:177 (1882). MCP1 326 1 Pertence-vos, porém, manter toda emoção e paixão sob domínio, em calma sujeição ao entendimento e à consciência. Então Satanás perde o poder de controlar a mente. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1892; Nossa Alta Vocação, 85. As cicatrizes sempre permanecem MCP1 326 2 Que foi que ganhou aquele homem desonesto, com os seus princípios mundanos? Que alto preço pagou por seu êxito? Ele sacrificou sua nobre varonilidade e se encaminhou para a estrada que leva à perdição. Ele poderá converter-se; poderá reconhecer a impiedade de sua injustiça aos seus companheiros -- e, quanto possível, fazer restituição; as cicatrizes, porém, de uma consciência machucada permanecerão para sempre. -- The Signs of the Times, 7 de Fevereiro de 1884; The S.D.A. Bible Commentary 3:1158. A graça de Deus, suficiente para a consciência culpada MCP1 326 3 Quando o pecado luta pelo predomínio no coração, quando a culpa oprime a alma e sobrecarrega a consciência, quando a incredulidade obscurece a mente -- lembrai-vos de que a graça de Cristo é suficiente para subjugar o pecado e banir a escuridão. Entrando em comunhão com o Salvador, penetramos na região da paz. -- A Ciência do Bom Viver, 250 (1905). Podeis fazer de vós o que preferis MCP1 326 4 Uma vez mais vos advirto, como alguém que terá de defrontar estas linhas naquele dia em que o caso de cada qual será decidido. Entregai-vos a Cristo, sem demora! Ele, apenas, pelo poder de Sua graça, pode remir-vos da ruína. Só Ele pode pôr vossas faculdades morais e mentais em estado de saúde. Vosso coração pode aquecer-se com o amor de Deus; vosso entendimento, ser claro e amadurecido; vossa consciência, iluminada, viva e pura; vossa vontade, correta e santificada, sujeita ao controle do Espírito de Deus. Podeis tornar-vos o que preferis. Se quiserdes agora fazer meia-volta, cessai de fazer o mal e aprendei a fazer o bem, então sereis de fato felizes; tereis êxito nas lutas da vida e vos erguereis para a glória e honra na vida melhor que esta. "Escolhei hoje a quem sirvais." Josué 24:15. -- Testimonies for the Church 2:564, 565 (1870). Não se intrometer nas consciências alheias MCP1 327 1 A consciência em relação às coisas de Deus é um tesouro sagrado, no qual nenhum ser humano, qualquer que seja sua posição, tem o direito de se intrometer. Nabucodonosor ofereceu aos hebreus outra oportunidade, e quando a rejeitaram, ficou iradíssimo, e mandou que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais que de costume. Disse aos cativos que os lançaria nessa fornalha. Tomados de fé e confiança, responderam: Nosso Deus, a quem servimos, é capaz de livrar-nos; se não o faz, tudo bem: entregamo-nos a um Deus fiel. -- Carta 90, 1897. Não servir de critério aos outros MCP1 327 2 Deus não deseja que façais de vossa consciência um critério para os outros. Tendes um dever a cumprir, isto é, tornar-vos animosos e joviais e cultivar a abnegação em vossos sentimentos, até que tornar felizes a todos os que vos rodeiam seja vosso maior prazer. -- Testimonies for the Church 4:62 (1876). Os pais devem ajudar os filhos a conservar a consciência pura MCP1 327 3 Sou instruída a dizer aos pais: Fazei tudo que esteja em vosso poder para ajudar vossos filhos a terem uma consciência pura, limpa. Ensinai-os a se alimentarem com a Palavra de Deus. Ensinai-lhes que são os filhinhos do Senhor. Não vos esqueçais de que Ele vos designou como guardas deles. Se lhes derdes alimento adequado e os vestirdes saudavelmente, e lhes ensinardes diligentemente a Palavra do Senhor, preceito sobre preceito, preceito e mais preceito, um pouco aqui, um pouco ali [Isaías 28:10], com muita oração a nosso Pai celestial, vossos esforços serão ricamente recompensados. -- Manuscrito 4, 1905. Deve-se limpar a consciência MCP1 327 4 Cada aposento do templo da alma tornou-se mais ou menos maculado, e precisa de limpeza. A câmara da consciência, coberta de teia de aranha, deve ser adentrada. As janelas da alma devem ser fechadas em direção da Terra e escancaradas para o Céu, a fim de que os brilhantes raios do Sol da justiça tenham livre acesso. A memória deve ser refrigerada por princípios bíblicos. A mente deve ser mantida clara e pura, para que possa distinguir entre o bem e o mal. Ao repetirdes a oração que Cristo ensinou a Seus discípulos, e então lutardes para respondê-la na vida diária, o Espírito Santo renovará a mente e o coração e vos dará forças para cumprir altos e santos desígnios. -- Manuscrito 24, 1901 Consciência limpa traz perfeita paz MCP1 328 1 Paz interior e consciência livre de ofensa para com Deus, vivificará e revigorará o intelecto, qual orvalho destilado sobre as tenras plantas. A vontade é então dirigida e controlada adequadamente, e é mais decidida, e todavia livre de perversidade. As meditações são agradáveis, pois que são santificadas. A serenidade mental que vos será dado fruir, será uma bênção a todos aqueles com os quais vos associais. Essa paz e calma, em tempo tornar-se-á natural, e fará refletir seus preciosos raios sobre todos os que vos cercam, para de novo refluir sobre vós. Quanto mais experimentardes o sabor dessa paz celestial e quietude da mente, tanto mais aumentará. É um animado, vivo prazer, que não lança todas as energias morais num estupor, mas desperta-as para uma acrescida atividade. A perfeita paz é um atributo do Céu, que os anjos possuem. Que Deus vos ajude a tornar-vos possuidores dessa paz! -- Testimonies for the Church 2:327 (1869). ------------------------Capítulo 35 -- Influência da percepção Uma lei nos mundos intelectual e espiritual MCP1 331 1 É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 555 (1888). A contemplação do mal corrompeu os antediluvianos MCP1 331 2 Contemplando o mal, tornaram-se os homens transformados na imagem deles, até que Deus não mais pôde tolerar sua impiedade, e foram arrebatados pelo dilúvio. -- Special Testimonies on Education, 44, 11 de Maio de 1896; Fundamentos da Educação Cristã, 422. Mudados para melhor MCP1 331 3 Olhando para Jesus adquirimos visão mais brilhante e distinta de Deus, e pela contemplação somos transformados. A benignidade e o amor para com nossos semelhantes tornam-se-nos um instinto natural. Desenvolvemos caráter que é uma cópia do divino. Crescendo à Sua semelhança, ampliamos nossa capacidade de conhecer a Deus. Mais e mais entramos em comunhão com o mundo celeste, e temos poder incessantemente crescente de receber as riquezas do conhecimento e sabedoria da eternidade. -- Parábolas de Jesus, 355 (1900). Mudados para pior MCP1 332 1 É ao contemplar que somos transformados. Em negligenciando os preceitos sagrados nos quais Deus revelou aos homens a perfeição e santidade de Seu caráter, e atraindo o espírito do povo aos ensinos e teorias humanos, que de estranho poderá haver no conseqüente declínio na viva piedade da igreja? Diz o Senhor: "A Mim Me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas." Jeremias 2:13. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 478 (1911). A vida é transformada pelo ver MCP1 332 2 A Palavra de Deus é uma lâmpada para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho. "Guardo no coração as Tuas palavras, para não pecar contra Ti." Salmos 119:11. O coração previamente ocupado com a Palavra de Deus é fortalecido contra Satanás. Os que tornam a Cristo seu cotidiano companheiro e familiar amigo, sentirão que os envolvem os poderes de um mundo invisível, e olhando para Jesus se tornarão assemelhados a Sua imagem. Contemplando, tornam-se transformados, segundo o modelo divino; o caráter se lhes torna abrandado, enobrecido e dignificado para o reino celestial. -- Testimonies for the Church 4:616 (1881). Percepção seletiva MCP1 332 3 Deus não deseja que ouçamos tudo que existe para ser ouvido, nem vejamos tudo que existe para ser visto. É grande bênção fechar os ouvidos para que não ouçamos, e os olhos, para não vermos. Nossa maior ansiedade deve ser a de ter clara visão para discernir nossas próprias faltas, e ouvido ligeiro para apanhar todas as instruções e repreensões necessárias, a fim de que, por nossa desatenção e descuido, não as deixemos escapar e nos tornemos ouvintes esquecediços, em vez de cumpridores da obra. -- Testimonies for the Church 1:707, 708 (1868). Manter alerta as faculdades da percepção MCP1 332 4 Se sois chamados a uma reunião conciliar, perguntai a vós mesmos se vossas faculdades perceptivas estão em condições adequadas para pesar a evidência. Se não estiverem em condições apropriadas, se vosso cérebro estiver confuso, não tendes o direito de tomar parte na reunião. Sois irascíveis? É vosso temperamento doce e fragrante, ou é tão agitado e desagradável que sereis levados a tomar decisões precipitadas? Tendes a sensação de que gostaríeis de lutar contra alguém? Então não vades à reunião, pois se fordes, por certo desonrareis a Deus. MCP1 333 1 Pegai um machado e cortai lenha, ou empenhai-vos em algum exercício físico até que vosso espírito esteja brando e facilmente acessível a rogos. Justamente tão certo como vosso estômago está causando perturbação no cérebro, vossas palavras criarão perturbação na assembléia. Mais tormento é causado por distúrbios digestivos do que muitos reconhecem. -- Manuscrito 62, 1900; Medicina e Salvação, 295. A percepção influenciada por hábitos físicos controlados pela consciência MCP1 333 2 Os que desejam possuir espírito claro para discernir os planos de Satanás, devem ter os apetites físicos sob o domínio da razão e da consciência. A ação moral e vigorosa das mais altas potências da mente é essencial ao aperfeiçoamento do caráter cristão. E o vigor e a fraqueza da mente tem muito que ver com nossa utilidade no mundo e nossa salvação final. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 236, 237. O exercício melhora a percepção MCP1 333 3 O cérebro e os músculos devem ser proporcionalmente exercitados, se se quer manter a saúde e o vigor. A juventude pode, então, pôr no estudo da Palavra de Deus saudável percepção e nervos bem equilibrados. Terão pensamentos sãos, e poderão reter as coisas preciosas tiradas da Palavra. Digerir-lhe-ão as verdades e, em resultado, terão energia mental para discernir o que seja verdade. Depois, segundo o exigir a ocasião, podem dar a todo homem que lhes pedir, a razão da esperança que neles há, com mansidão e temor. -- Testimonies for the Church 6:180 (1900); Testemunhos Selectos 2:446. A perfeição maior aumenta a percepção MCP1 333 4 Quanto mais o homem se aproxima da perfeição moral, mais acentuada é sua sensibilidade, mais aguda a percepção do pecado e mais profunda a simpatia para com os aflitos. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 570 (1911). A tristeza obscureceu a percepção de Maria MCP1 334 1 Então ela se voltou para se afastar, mesmo dos anjos, pensando em encontrar alguém que lhe dissesse o que fora feito com o corpo de Jesus. Outra vez a ela Se dirigiu: "Mulher, por que choras? Quem buscas?" Através das lágrimas que lhe empanavam os olhos, Maria viu a figura de um homem e, pensando que fosse o hortelão, disse: "Senhor, se tu O levaste, dize-me onde O puseste, e eu O levarei." -- O Desejado de Todas as Nações, 790 (1898). Percebeu a Jesus por sua voz MCP1 334 2 Mas então em Sua voz familiar, lhe diz Jesus: "Maria!" Agora sabia que não era um estranho que se dirigia a ela e, voltando-se, viu diante de si o Cristo vivo. Em sua alegria, esqueceu que Ele fora crucificado. Saltando para Ele, como para abraçar-Lhe os pés, disse ela: "Raboni"! -- O Desejado de Todas as Nações, 790 (1898). Condescendência com o apetite amortece as faculdades perceptivas MCP1 334 3 O Redentor do mundo sabia que a contemporização com o apetite estava causando debilidade física e amortecendo as faculdades perceptivas de modo a não se poderem discernir as coisas sagradas e eternas. Ele sabia que a condescendência própria estava a perverter as faculdades morais e que a grande necessidade do homem era a conversão -- de coração, espírito e alma -- da vida de condescendência própria a outra de abnegação e sacrifício. -- Carta 158, 1909; Medicina e Salvação, 264. O pecado obscurece a percepção MCP1 334 4 É o pecado que nos obscurece a mente e enfraquece as percepções. À medida que nosso coração é expurgado do mal, a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo, iluminando-Lhe a palavra e refletindo-se na face da Natureza, declará-Lo-á mais e mais amplamente "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade". Êxodo 34:6. MCP1 335 1 Em Sua luz veremos a luz, até que a mente, o coração e a alma sejam transformados à imagem de Sua santidade. -- A Ciência do Bom Viver, 464, 465 (1905). Obscurecidas as faculdades perceptivas MCP1 335 2 O orgulho, amor-próprio, egoísmo, ódio, inveja e ciúme têm obscurecido as faculdades perceptivas. -- Testimonies for the Church 2:605 (1871). Como Cristo enfrenta as percepções obscurecidas pelo pecado MCP1 335 3 Cristo desceu para tomar sobre Si a natureza humana a fim de que alcançasse a caída raça humana, erguendo-a. Mas a mente dos homens tornara-se obscurecida pelo pecado, suas faculdades achavam-se entorpecidas, de modo que não discerniam Seu caráter divino sob a roupagem da humanidade. Esta falta de apreço de sua parte era um obstáculo à obra que Ele desejava realizar por eles; e para dar força aos Seus ensinamentos Ele muitas vezes Se achou em necessidade de definir e defender Sua posição. MCP1 335 4 Referindo-se ao Seu caráter misterioso e divino, Ele procurou dirigir-lhes a mente para uma cadeia de pensamento que seria favorável ao transformador poder da verdade. Servia-Se também das coisas da Natureza que lhes eram familiares, para ilustrar verdades divinas. O solo do coração era assim preparado para receber a boa semente. Fazia os ouvintes sentirem que os Seus interesses eram identificados com os deles, que Seu coração palpitava em correspondência com o deles, em suas alegrias e suas tristezas. Ao mesmo tempo viam nEle a manifestação de poder e excelência muito superior aos possuídos por seus mais honrados rabis. MCP1 335 5 Os ensinamentos de Cristo eram marcados por uma simplicidade, dignidade e poder até aí desconhecidos deles, e sua involuntária exclamação era: "Jamais alguém falou como este homem." O povo ouvia-O de bom grado. -- Testimonies for the Church 5:746, 747 (1889). Paixões não controladas prejudicam as faculdades perceptivas MCP1 335 6 As paixões inferiores devem ser estritamente vigiadas. As faculdades perceptivas são mal empregadas, terrivelmente mal empregadas, quando se permite que as paixões corram desenfreadas. Quando se condescende com as paixões, em lugar de circular por todas as partes do corpo, aliviando assim o coração e purificando a mente, é o sangue atraído em quantidade excessiva para os órgãos internos. Como resultado vem a doença. Não pode o homem ser sadio até que o mal seja notado e corrigido. -- Special Testimonies, Série B, 15:18, 3 de Abril de 1900; Conselhos Sobre Saúde, 587. A mente pode ser educada de modo que aceite o pecado MCP1 336 1 Uma longa operação preparatória desconhecida ao mundo, tem lugar no coração, antes que o cristão cometa francamente o pecado. A alma não desce de pronto da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Leva tempo para que se degradem aqueles que foram formados à imagem de Deus, ao estado brutal e satânico. Pelo contemplar nos transformamos. Alimentando pensamentos impuros, o homem pode de tal maneira conduzir a mente que o pecado que uma vez lhe repugnava tornar-se-lhe-á agradável. -- Patriarcas e Profetas, 459 (1890). As faculdades tornam-se joguetes do inimigo MCP1 336 2 Deus não dá ao homem permissão de violar as leis de seu ser. Mas, cedendo às tentações de Satanás para condescender com a intemperança, o homem põe as mais elevadas faculdades em sujeição aos apetites e paixões animais. Quando estes adquirem a ascendência, o homem, criado um pouco menor do que os anjos, com faculdades susceptíveis do mais alto desenvolvimento, entrega-se ao domínio de Satanás. E ele obtém fácil acesso aos que se acham escravizados ao apetite. Devido à intemperança, uns sacrificam a metade, e outros dois terços de suas faculdades físicas, mentais e morais, tornando-se joguete do inimigo. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874; Mensagens aos Jovens, 236. Conselho a uma pessoa que, sem razão, se julgava ofendida MCP1 336 3 A irmã D tem-se enganado em alguns pontos. Ela tem pensado que Deus a tenha instruído em sentido especial, e ambos vocês têm crido e agido de acordo. O discernimento que ela julgava ter em um sentido especial, é um engano do inimigo. Ela é por natureza ligeira para ver, ligeira para compreender, ligeira para antecipar, e é de natureza extremamente sensível. Satanás tem-se aproveitado desses traços de caráter, levando cativos a vocês ambos. MCP1 337 1 Irmão D, você é um escravo de Satanás, há já bastante tempo. Muito daquilo que a irmã D tem julgado ser discernimento, é ciúme. Ela se dispôs a tudo considerar com olhos ciumentos, ser suspeitosa, conjecturando o mal, desconfiada de quase tudo. Isto causa infelicidade mental, desalento e dúvida, onde devia existir fé e confiança. Estes infelizes traços de caráter levam-lhe os pensamentos para um conduto sombrio, onde ela condescende com um pressentimento do mal, enquanto o temperamento grandemente sensível a leva a imaginar negligência, menosprezo e ofensa, quando isto não existe. ... MCP1 337 2 Estes infelizes traços de caráter, com uma vontade forte e arraigada, têm de ser corrigidos e reformados, ou do contrário levarão ambos vocês a sofrer o naufrágio da fé. -- Testimonies for the Church 1:708, 709 (1868). Não demorar o pensamento no poder de Satanás MCP1 337 3 É pelo contemplar que nos transformamos. Demorando o pensamento no amor de Deus e nosso Salvador, contemplando a perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como nos pertencendo pela fé, seremos transformados na mesma imagem. Portanto, não juntemos todos os quadros desagradáveis -- as iniqüidades e corrupções e desapontamentos, as evidências do poder de Satanás -- dependurando-os nas câmaras de nossa memória, sobre eles falando e nos lamentando até que nossa alma se encha de desânimo. Uma alma desanimada quer dizer um corpo em trevas, não só deixando nós de receber a luz de Deus, mas impedindo também que outros a recebam. Satanás satisfaz-se com ver os efeitos dos quadros de seus triunfos, tornando seres humanos desanimados e sem fé. -- Testimonies for the Church 5:744, 745 (1889); Testemunhos Selectos 2:341, 342. Influências do ambiente MCP1 338 1 Quanto mais o paciente puder ser conservado ao ar livre, de menos cuidados necessitará. Quanto mais agradável for o ambiente, mais se encherá de ânimo. Encerrado numa casa, embora elegantemente mobiliada, torna-se nervoso e sombrio. Rodeai-o das coisas da Natureza; colocai-o onde possa ver desabrochar as flores e ouvir trinar os pássaros, e então seu coração cantará em uníssono com as canções das avezinhas. O corpo e a alma experimentarão alívio. A inteligência despertará, a imaginação será estimulada, e preparado o espírito para apreciar a beleza da Palavra de Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 265 (1905). O ambiente afeta a experiência MCP1 338 2 Foi-me então mostrada uma jovem... que se havia afastado de Deus e estava envolta em trevas. Disse o anjo: "Ela correu bem, por algum tempo; que foi que a estorvou?" Fui levada a olhar para trás e vi que fora a mudança do ambiente. Ela se associava com jovens semelhantes a ela mesma, tomados de desmedida alegria e hilaridade, orgulho e amor do mundo. Se tivesse levado a sério as palavras de Cristo, não precisava ter cedido ao inimigo. "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." A tentação pode estar em toda a nossa volta, mas isto não torna necessário que nós entremos em tentação. A verdade vale tudo. Sua influência tende, não a degradar, mas a elevar, enobrecer, purificar, e exaltar à imortalidade e ao trono de Deus. Disse o anjo: "Você quer a Cristo, ou ao mundo?" MCP1 338 3 Satanás apresenta aos pobres mortais o mundo com os mais sedutores e lisonjeiros encantos, e eles o miram, e seu brilho e ouropel lhes eclipsam a glória do Céu e aquela vida que é permanente como o trono de Deus. Uma vida de paz, felicidade e inefável gozo, e que nada conhece de tristeza, pesar, dor ou morte, é sacrificada em troca de um breve espaço de vida de pecado. -- Testimonies for the Church 2:100, 101 (1868). A vista modela a personalidade MCP1 338 4 A vista de seus olhos e o ouvir de seus ouvidos lhe perverteram o coração. -- Testimonies for the Church 4:108 (1876). Percepções confundidas pela preferência de vantagens temporais MCP1 339 1 Ló escolheu Sodoma como residência, porque olhou mais às vantagens temporais que havia de obter, que às influências morais que o cercariam a ele e à família. Que lucrou ele quanto aos bens deste mundo? Seus bens foram destruídos, morreu parte de seus filhos na destruição da ímpia cidade, a esposa transformou-se em estátua de sal à beira do caminho, e ele próprio salvou-se "como pelo fogo". E não findaram aí os maus resultados de sua escolha egoísta; a corrupção moral daquele lugar tanto se havia entretecido no caráter de seus filhos, que não poderiam discernir entre o bem e o mal, entre o pecado e a justiça. -- The Signs of the Times, 29 de Maio de 1884; Mensagens aos Jovens, 419. Percepções obscurecidas a verdades eternas MCP1 339 2 Daqueles que fizeram mau uso dos meios dedicados a Deus, será exigido prestarem contas de sua mordomia. Há os que egoistamente lançavam mão de meios, por causa de seu amor do ganho. Outros não têm consciência delicada; esta foi cauterizada por um egoísmo longamente acariciado. ... MCP1 339 3 Sua mente fluiu por tanto tempo num conduto baixo, egoísta, que eles não podem apreciar coisas eternas. Não dão valor à salvação. Parece impossível elevar-lhes a mente de modo a estimarem devidamente o plano da salvação ou o valor da expiação. Interesses egoístas enlevaram-lhes o ser todo, prendendo, qual um ímã, a mente e as afeições, atando-as a um baixo nível. Algumas dessas pessoas jamais alcançarão a perfeição do caráter cristão, pois que não vêem o valor e a necessidade de semelhante caráter. Seu espírito não pode ser levantado de modo a ficarem encantados com a santidade. O amor próprio e interesses egoístas por tal forma se entreteceram no caráter que não podem ser levados a distinguir o sagrado e eterno, do comum. -- Testimonies for the Church 2:519, 520 (1870). O que vivifica as percepções MCP1 339 4 Quando o coração é purificado do egoísmo e egotismo, eles estão em harmonia com a mensagem que Deus lhes envia. As percepções são avivadas, as sensibilidades enobrecidas. O semelhante aprecia o semelhante. "Quem é de Deus ouve as palavras de Deus." João 8:47. -- Testimonies for the Church 5:696 (1889). ------------------------Capítulo 36 -- Princípios na motivação O êxito exige um objetivo MCP1 341 1 O êxito em qualquer coisa que empreendamos exige um objetivo definido. Aquele que desejar alcançar o verdadeiro êxito na vida deve conservar firmemente em vista o alvo digno de seus esforços. Tal alvo acha-se posto diante da mocidade de hoje. -- Educação, 262 (1903). Deve ter alvo o mais alto possível MCP1 341 2 O lugar específico que nos é designado na vida, é determinado por nossas capacidades. Nem todos atingem o mesmo desenvolvimento ou fazem com igual eficiência o mesmo trabalho. Deus não espera que o hissopo atinja as proporções do cedro, ou a oliveira a altura da majestosa palmeira. Mas cada qual deve ter o objetivo de atingir tão alto quanto a união do poder humano com o divino lhe torne possível. -- Educação, 267 (1903). Os estudantes devem ter um alvo real MCP1 341 3 Ensinem-se os estudantes a usar para o mais elevado, santo propósito os talentos que Deus lhes deu, para que possam realizar o maior bem neste mundo. Os estudantes precisam aprender o que significa ter um alvo real na vida, e obter uma exaltada compreensão do que significa a verdadeira educação. -- Special Testimonies, Série B, 11:16, 14 de Novembro de 1905. Cristo anima alvos elevados MCP1 342 1 Deseja prover encorajamento para nossas mais elevadas aspirações e segurança para nosso mais dileto tesouro. -- Parábolas de Jesus, 374 (1900). Deixando de realizar o potencial MCP1 342 2 Muitos não se tornam aquilo que poderiam ser, pois não empregam o poder que neles está. Não lançam mão da força divina, como poderiam fazer. Muitos se desviam da linha em que poderiam alcançar o mais verdadeiro êxito. À procura de maior honra, ou de um trabalho mais agradável, tentam algo para que não são talhados. MCP1 342 3 Nutrem a ambição de entrar para alguma profissão, muitos homens cujos talentos são adaptados a alguma outra vocação; e os que poderiam ter sido bem-sucedidos como fazendeiros, artífices, enfermeiros, ocupam impropriamente os cargos de ministros, advogados ou médicos. Outros há também que poderiam ocupar uma posição de responsabilidade, mas que por falta de energia, aplicação e perseverança se contentam com um cargo mais fácil. -- Educação, 267 (1903). Grandes possibilidades na vida MCP1 342 4 E no que respeita às possibilidades da vida, quem seria capaz de decidir o que é grande e o que é pequeno? Quanto trabalhador tem havido, nas humildes posições da vida, que, movimentando influências para a bênção do mundo, têm conseguido resultados que reis poderiam invejar! -- Educação, 266 (1903). "Algo melhor", a lei do verdadeiro viver MCP1 342 5 "Algo melhor" é a senha da educação, a lei de todo o verdadeiro viver. Cristo oferece, em lugar do que quer que nos ordene renunciar, algo melhor. MCP1 342 6 Muitas vezes os jovens anelam objetos, consecuções e prazeres que podem não parecer males, mas que deixam de ser o mais elevado bem. Desviam a vida de seu mais nobre objetivo. Medidas arbitrárias ou ataques diretos podem deixar de produzir efeito no sentido de levar estes jovens a abandonar o que têm na conta de precioso. Sejam eles dirigidos a algo melhor do que a ostentação, ambição e condescendência própria. Ponde-os em contato com uma beleza mais verdadeira, com princípios mais elevados e com mais nobres vidas. Induzi-os a contemplar Aquele que é "totalmente desejável". MCP1 343 1 Quando o olhar se fixa sobre Ele, a vida encontra o seu centro. O entusiasmo, a devoção generosa, o apaixonado ardor da juventude encontram aqui o seu verdadeiro objetivo. O dever torna-se um deleite e o sacrifício um prazer. Honrar a Cristo, tornar-se semelhante a Ele, trabalhar por Ele, será a mais elevada ambição da vida e sua máxima alegria. -- Educação, 296, 297 (1903). Aperfeiçoar os mais altos motivos para o progresso MCP1 343 2 Os que se preparam para ser enfermeiros e médicos devem diariamente receber instrução que desenvolvam os mais altos motivos para o progresso. Devem freqüentar nossos colégios e escolas de preparo; e os professores nessas instituições de ensino devem reconhecer suas responsabilidades de trabalhar com esses estudantes e com eles orar. Nessas escolas, os alunos devem aprender a ser verdadeiros missionários médicos, vinculados firmemente ao ministério evangélico. -- Special Testimonies, Série B, 11:12, 14 de Novembro de 1905. A egoísta falta de objetivo do rico insensato MCP1 343 3 A aspiração desse homem não era mais elevada que a dos animais que perecem. Vivia como se não houvesse Deus, nem Céu, nem vida futura; como se tudo que possuía lhe pertencesse e nada devesse a Deus nem aos homens. Descreve o salmista este rico, ao dizer: "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus." -- Parábolas de Jesus, 257, 258 (1900). Vida sem alvo, morte em vida MCP1 343 4 Uma vida sem objetivo é uma vida morta. A mente deve deter-se sobre assuntos relacionados com nossos interesses eternos. Isso conduzirá à saúde do corpo e da mente. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 51. O fungo medra na vida sem propósito MCP1 343 5 Uma das principais causas da ineficiência mental e fraqueza moral, é a falta de concentração para fins dignos. Orgulhamo-nos da vasta difusão de literatura; mas a multiplicação de livros, até os que em si mesmos não são perniciosos, pode ser um positivo mal. ... MCP1 344 1 Grande parte das revistas e livros que, à semelhança das rãs do Egito, se estão espalhando pela Terra, não é meramente coisa banal, ociosa e enervante, mas impura e degradante. Seu efeito não consiste simplesmente em envenenar e arruinar o espírito, mas também em corromper e destruir a alma. MCP1 344 2 O espírito e o coração indolentes e sem objetivos, são fácil presa do mal. É nos organismos doentios e sem vida, que medra o fungo. É a mente ociosa que é a oficina de Satanás. Dirija-se a mente para os altos e santos ideais, tenha a vida um objetivo nobre, um propósito absorvente, e o mal encontrará pouco terreno. -- Educação, 189, 190 (1903). A falta de objetivo, causa predisponente da intemperança MCP1 344 3 A fim de atingirmos a raiz da intemperança, devemos ir mais fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um objetivo ou as más companhias, podem ser a causa predisponente. -- Educação, 202 (1903). Poucos males mais temíveis MCP1 344 4 Poucos males há que se devem temer mais do que a indolência e a falta de um objetivo. Não obstante, a tendência da maior parte dos esportes atléticos é assunto de ansiosa preocupação por parte dos que levam a sério o bem-estar da mocidade. ... Estimulam o amor ao prazer e à excitação, alimentando assim o desgosto pelo trabalho útil, a disposição de evitar os deveres práticos e as responsabilidades. Tendem a destruir o deleite pelas sóbrias realidades da vida e seus gozos tranqüilos. Desta maneira, abre-se a porta para a dissipação e desregramento, com os seus terríveis resultados. -- Educação, 210, 211 (1903). Ninguém deve levar vida sem objetivo MCP1 344 5 Toda pessoa deve servir. Deve usar todo o poder físico, moral e mental -- pela santificação do Espírito -- para que possa ser coobreiro de Deus. Todos estão comprometidos a dedicar-se ativamente e sem reservas ao serviço de Deus. Devem cooperar com Jesus Cristo na grande obra de ajudar outros. Cristo morreu por todos os homens. Ele resgatou todos os homens, dando a vida na cruz. Isto fez Ele para que o homem pudesse não continuar a viver uma vida sem objetivo e egoísta, mas vivesse para Jesus Cristo, que morreu por sua salvação. Nem todos são convocados para ingressar no ministério, todavia devem servir. É um insulto para o Santo Espírito de Deus, qualquer homem preferir uma vida de servir-se a si mesmo. -- Carta 10, 1897; The S.D.A. Bible Commentary 4:1159. Devem ser cultivados motivos justos MCP1 345 1 Os verdadeiros motivos de serviço devem ser mantidos diante de velhos e jovens. Os alunos devem ser instruídos de tal maneira que se transformem em homens e mulheres úteis. Deve-se empregar todo recurso que possa elevá-los e enobrecê-los. Precisam ser ensinados a dar a suas faculdades o melhor uso. As faculdades físicas e mentais devem ser aplicadas de igual modo. Têm de ser cultivados hábitos de ordem e disciplina. Deve-se mostrar aos alunos o poder exercido por uma vida pura e sincera. Isso os ajudará na preparação para um serviço útil. Dia a dia crescerão em pureza e vigor, estando melhor preparados, por Sua graça e pelo estudo de Sua Palavra, a envidar dinâmicos esforços contra o mal. -- The Review and Herald, 22 de Agosto de 1912; Fundamentos da Educação Cristã, 543. Os atos revelam motivos MCP1 345 2 Os atos revelam princípios e motivos. Os frutos apresentados por muitos que pretendem ser plantas da vinha do Senhor, revelam que são apenas espinheiros e abrolhos. Pode uma igreja inteira aprovar o procedimento errado de alguns de seus membros, mas essa aprovação não mostra que o errado seja certo. Ela não pode colher uvas dos espinheiros. -- Testimonies for the Church 5:103 (1882); Testemunhos Selectos 2:15. Julgados os motivos, e não as aparências MCP1 345 3 É importante dever de todos, familiarizar-se com a tendência de sua conduta de dia para dia, e com os motivos que inspiram suas ações. Precisam conhecer os motivos específicos que inspiraram as ações específicas. Cada ato de sua vida é julgado, não pela aparência exterior, mas pelo motivo que ditou a ação. -- Testimonies for the Church 3:507 (1875). Os seguidores de Cristo encontram motivos novos MCP1 346 1 Nenhuma outra ciência é igual à que desenvolve na vida do estudante o caráter de Deus. Os que se tornam seguidores de Cristo verificam que lhes são inspirados novos motivos de ação, surgem pensamentos novos, devendo isso dar em resultado novas ações. Mas só podem fazer progressos por meio de lutas; pois há um inimigo que continuamente contende com eles, apresentando tentações que levam a alma à dúvida e ao pecado. Há tendências hereditárias e cultivadas para o mal, que precisam ser vencidas. O apetite e a paixão devem ser postos sob o controle do Espírito Santo. Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constantes batalhas a ferir, há também preciosas vitórias a alcançar, e o triunfo sobre o próprio eu e o pecado é tão valioso que nosso espírito não o pode apreciar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 20 (1913), [no inglês]. Dois princípios antagônicos MCP1 346 2 A Bíblia explica-se por si mesma. Textos devem ser comparados com textos. O estudante deve aprender a ver a Palavra como um todo, e bem assim a relação de suas partes. Deve obter conhecimento de seu grandioso tema central, do propósito original de Deus em relação a este mundo, da origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve compreender a natureza dos dois princípios que contendem pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através dos relatos da história e da profecia, até à grande consumação. Deve enxergar como este conflito penetra em todos os aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo agora a decidir de que lado do conflito estará. -- Educação, 189, 190 (1903). Cada atitude tem caráter duplo MCP1 347 1 Cada atitude tem caráter e importância duplos. É virtuosa ou viciosa, certa ou errada, segundo o motivo que a impele. Uma ação errada, pela repetição freqüente, deixa uma impressão perene na mente de quem a pratica, e também na dos que com ela estão ligados em qualquer relação, seja espiritual ou temporal. Os pais ou professores que não dão atenção às pequeninas ações erradas estabelecem esses hábitos na juventude. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1898; Orientação da Criança, 201. A ação deriva do motivo a sua qualidade MCP1 347 2 Cada ação deriva sua qualidade do motivo que a prontificou, e se os motivos não são elevados e puros e altruístas, a mente e o caráter jamais se tornarão bem equilibrados. -- The Youth's Instructor, 7 de Abril de 1898. Os motivos imprimem cunho às ações MCP1 347 3 É o motivo que imprime cunho às nossas ações, assinalando-as com ignomínia ou elevado valor moral. Não são as grandes coisas que todos os olhos vêem e toda língua louva, que Deus reputa mais preciosas. Os pequenos deveres cumpridos com contentamento, as pequeninas dádivas que não fazem vista e podem parecer destituídas de valor aos olhos humanos, ocupam muitas vezes diante de Deus o mais alto lugar. Um coração de fé e amor é mais precioso para Deus que os mais custosos dons. A viúva pobre deu sua subsistência para fazer o pouco que fez. Privou-se de alimento para oferecer aquelas duas moedinhas à causa que amava. E fê-lo com fé, sabendo que seu Pai Celestial não passaria por alto sua grande necessidade. Foi esse espírito abnegado e essa infantil fé que atraiu o louvor do Senhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 615 (1898). Deus revela os motivos MCP1 347 4 Deus conduz Seu povo avante, passo a passo. Leva-os a posições calculadas para revelar os motivos do coração. Alguns resistem em Um ponto, mas caem no seguinte. A cada passo adiante é o coração provado, e provado um pouco mais de perto. Se alguém achar seu coração oposto à direita obra de Deus, isto o deve convencer de que tem uma obra a fazer em vencer, do contrário será afinal rejeitado pelo Senhor. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1880; Nossa Alta Vocação, 160. Nossos motivos secretos decidem o destino MCP1 348 1 Nossos atos, palavras, e mesmo nossos intuitos mais secretos, tudo tem o seu peso ao decidir-se nosso destino para a felicidade ou para a desdita. Ainda que esquecidos por nós, darão o seu testemunho para justificar ou condenar. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 486, 487 (1911). Deus avalia o homem pela pureza do motivo MCP1 348 2 Não é pelas riquezas, educação ou posição que Deus avalia os homens. Avalia-os pela sua pureza de intenção e formosura de caráter. Olha para averiguar em que medida possuem o Seu Espírito, e até que ponto sua vida revela semelhança com a Sua. Para ser grande no reino de Deus, é preciso ser como a criancinha, em humildade, simplicidade de fé e pureza de amor. -- A Ciência do Bom Viver, 477, 478 (1905). Deus julga pelos motivos MCP1 348 3 Na conduta de um pastor há muita margem para melhora. Muitos vêem e sentem suas deficiências, contudo parecem ignorar a influência que exercem. Estão conscientes de suas ações ao praticá-las, mas permitem que deixem sua memória, e portanto não se reformam. MCP1 348 4 Se os pastores tornassem os atos de cada dia um assunto de cuidadosa reflexão e deliberada recapitulação, com o objetivo de conhecer seus próprios hábitos de vida, eles melhor se conheceriam a si mesmos. Mediante um íntimo escrutínio de sua vivência diária sob todas as circunstâncias, eles conheceriam seus motivos, os princípios que os atuam. Essa diária recapitulação de nossos atos, para ver se a consciência aprova ou condena, é necessária para todos os que anelam chegar à perfeição do caráter cristão. MCP1 348 5 Muitos atos que passam por boas obras, mesmo feitos de beneficência, se investigados rigorosamente, terão de ser considerados como induzidos por motivos errados. Muitos há que recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Esquadrinhador dos corações inspeciona os motivos, e muitas vezes os próprios atos que são vivamente aplaudidos pelos homens são por Ele registrados como provindo de motivos egoístas e vil hipocrisia. Cada ato de nossa vida, quer excelente e digno de louvor, quer merecedor de censura, é julgado pelo Esquadrinhador dos corações de acordo com os motivos que o induziram. -- Testimonies for the Church 2:511, 512 (1870). Às vezes é difícil discernir os motivos MCP1 349 1 Em meio aos afazeres da vida ativa, às vezes é difícil discernirmos nossos próprios motivos, mas diariamente se consignam progressos, ou para bem, ou para mal. -- Testimonies for the Church 5:420 (1889). A real conversão muda os motivos MCP1 349 2 A real conversão é uma decidida mudança de sentimentos e motivos; é uma virtual despedida das ligações mundanas, um apressado abandono de sua atmosfera espiritual, um afastamento do poder controlador de seus pensamentos, suas opiniões e influências. -- Testimonies for the Church 5:82, 83 (1889). As grandes forças incentivadoras da alma MCP1 349 3 As grandes forças incentivas da alma são a fé, a esperança e a caridade; é para estas que apela o estudo da Bíblia, bem dirigido. A beleza exterior da Bíblia, a beleza das imagens e expressões, não é, por assim dizer, senão o encaixe de seu tesouro real -- a beleza da santidade. No relato que apresenta de homens que andaram com Deus, podemos apanhar os lampejos de Sua glória. NAquele que é "totalmente desejável" contemplamos o Ser de quem toda a beleza na Terra e no Céu é apenas um pálido reflexo. "E Eu", disse Ele, "quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim." João 12:32. -- Educação, 192 (1903). ------------------------Capítulo 37 -- Princípios no estudo e aprendizado A mente e as afeições têm de ser educadas MCP1 350 1 Deus deu a razão, as faculdades mentais; se, porém, forem deixadas ineducadas e despreparadas, deixam o homem tal como se revela no pagão feroz. A mente e as afeições requerem educação e orientação por professores. Tem de haver preceito e mais preceito, regra sobre regra (Isaías 28:10), para guiar e educar o agente moral humano a fim de que trabalhe em cooperação com Deus. Deus opera no agente humano mediante a luz de Sua verdade. A mente iluminada pela verdade, vê a verdade distinta do erro. -- Carta 135, 1898. A mais alta cultura da mente recebe a mais plena aprovação de Deus MCP1 350 2 A mente humana é suscetível do mais alto cultivo. Uma vida devotada a Deus não deve ser uma vida de ignorância. Muitos falam contra a instrução, devido a ter Jesus escolhido incultos pescadores para pregar Seu evangelho. Afirmam haver Ele mostrado preferência pelos ignorantes. Muitos homens instruídos e de destaque acreditaram em Seus ensinos. Houvessem estes, destemidamente, obedecido às convicções da consciência, e havê-Lo-iam seguido. Suas aptidões teriam sido aceitas e empregadas no serviço de Cristo, caso se houvessem oferecido. Não tiveram, no entanto, força moral, em presença dos severos sacerdotes e ciumentos príncipes, para confessar a Cristo e arriscar a própria reputação, ligando-se ao humilde Galileu. ... MCP1 351 1 Jesus não desprezava a educação. A mais alta cultura do espírito, quando santificada mediante o amor e o temor de Deus, recebe Sua inteira aprovação. Os humildes homens escolhidos por Cristo estiveram com Ele por três anos, sujeitos à enobrecedora influência da Majestade do Céu. Cristo foi o maior educador que o mundo já conheceu. MCP1 351 2 Deus aceitará a mocidade com seus talentos e a opulência de suas afeições, caso a Ele se consagrem. É-lhes possível atingir o mais elevado grau de grandeza intelectual; e se forem equilibrados pelos princípios religiosos, poderão levar avante a obra que Cristo veio do Céu efetuar, sendo assim coobreiros do Mestre. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1877; Fundamentos da Educação Cristã, 47, 48. Não se satisfaz com trabalho de segunda ordem MCP1 351 3 O verdadeiro ensinador não se satisfaz com trabalho de segunda ordem. Não se contenta com encaminhar seus estudantes a um padrão mais baixo do que o mais elevado que lhes é possível atingir. Não pode contentar-se com lhes comunicar apenas conhecimentos técnicos, fazendo deles meramente hábeis guarda-livros, destros artistas, prósperos homens de negócios. E sua ambição incutir-lhes os princípios da verdade, obediência, honra, integridade, pureza -- princípios que deles farão uma força positiva para a estabilidade e o erguimento da sociedade. Ele quer que eles, acima de tudo mais, aprendam a grande lição da vida sobre o trabalho altruísta. -- Educação, 29, 30 (1902). A mente deve ser levada mais alto MCP1 351 4 Sou instruída de que devemos levar a mente de nossos estudantes para mais alto do que agora muitos julgam ser possível. Coração e mente devem ser educados de modo a preservar sua pureza mediante o receber diário suprimento da fonte de eterna verdade. A Mente e a Mão Divinas preservaram através dos séculos o registro da criação em sua pureza. É a Palavra de Deus, tão-somente, que nos dá um autêntico relato da criação de nosso mundo. Esta Palavra deve ser o principal estudo em nossas escolas. Aqui podemos entreter conversa com patriarcas e profetas; aqui podemos aprender o que nossa redenção custou Àquele que era igual ao Pai desde o princípio, e que sacrificou a vida a fim de que pudesse estar diante dEle um povo remido de todas as coisas comuns, terrenas, e renovado à imagem de Deus. -- Carta 64, 1909. A verdadeira educação combina o intelectual e o moral MCP1 352 1 O Senhor tem esperado por muito tempo que nossos professores andem na luz que lhes enviou. Há necessidade de humilhação do próprio eu, para que Cristo possa restaurar a imagem moral de Deus no homem. O caráter da educação ministrada precisa ser consideravelmente alterado antes que ela possa dar a devida feição a nossas instituições. É somente quando as nossas faculdades intelectuais e morais são combinadas para se obter educação, que é alcançada a norma da Palavra de Deus. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1908; Fundamentos da Educação Cristã, 527. A verdadeira piedade enobrece e aprimora MCP1 352 2 Nosso povo de toda parte permite que a mente tome uma direção muito baixa, um ponto de vista muito estreito. Permitem que os planos de agentes humanos os guiem e um espírito mundano os molde, em vez dos planos de Cristo e o Espírito de Cristo. Sou instruída a dizer ao nosso povo: Olhai acima do que é terreno, para o celestial. Algarismos não são prova de sucesso; se fossem, Satanás poderia ter muitas reivindicações. É o grau de poder moral que impregna nossas instituições, nossas escolas e nossas igrejas. Deveria ser motivo de regozijo para todos, desde o mais alto até ao menor, representar a Cristo em virtudes cristãs. Aprendam todos os nossos professores que a verdadeira piedade, o amor mostrado na obediência a Deus, enobrece e aprimora. -- Carta 316, 1908. Necessária a integridade MCP1 352 3 Na formação do nosso caráter, a integridade é necessária ao êxito. Importa haver sincero desejo de executar os planos do Construtor-Mestre. As vigas empregadas precisam ser sólidas: nenhuma obra descuidosa, que não seja digna de confiança, pode ser aceita; isto arruinaria o edifício. Todo o ser deve ser posto nesta obra. Ela requer resistência e energia; não há reserva para ser gasta em assuntos sem importância. Importa pôr na obra determinada força humana, em cooperação com o Obreiro divino. Importa esforço perseverante para romper com os costumes e máximas e companhias do mundo. São essenciais profundeza de pensamento, sinceridade de propósito, firme integridade. Não deve haver preguiça. A vida é um depósito sagrado; e cada momento deve ser sabiamente empregado. -- The Youth's Instructor, 19 de Fevereiro de 1903; Nossa Alta Vocação, 82. Questões triviais enfraquecem a mente MCP1 353 1 O estudante que, em lugar dos amplos princípios da Palavra de Deus, aceite idéias comuns e permita que o tempo e a atenção sejam absorvidos com assuntos triviais, de lugar comum, verá que a mente se tornará atrofiada e enfraquecida; ela perderá o poder do crescimento. A mente tem de ser educada de modo a compreender as importantes verdades que concernem à vida eterna. -- Carta 64, 1909. Negócios temporais não devem ser negligenciados MCP1 353 2 A vida é demasiado solene para ser absorvida em negócios terrenos e temporais, em um remoinho de cuidados e ansiedades pelas coisas terrenas que são apenas um átomo em comparação com as de interesse eterno. Contudo, Deus nos chamou para servi-Lo nos afazeres temporais da vida. Diligência nesta obra é tanto parte da religião verdadeira como a devoção. A Bíblia não apóia a ociosidade, que é a maior maldição de nosso mundo. Todo homem e mulher verdadeiramente convertidos serão trabalhadores diligentes. -- Parábolas de Jesus, 343 (1900). A espécie de homens chamados a ensinar MCP1 353 3 A causa de Deus precisa de professores que tenham altas qualidades morais, e aos quais pode ser confiada a educação de outros, homens que sejam sãos na fé e tenham tato e paciência, que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal, que estejam em tão íntima comunhão com Deus que sirvam de condutos de luz -- em suma, cavalheiros cristãos. As boas impressões causadas por esses nunca se apagarão, e a educação assim ministrada perdurará através da eternidade. Aquilo que for negligenciado nesse processo educativo, provavelmente ficará por ser feito. Quem quer empreender essa obra? MCP1 354 1 Oxalá houvesse jovens cavalheiros fortes, arraigados e firmados na fé, que possuíssem tão viva comunhão com Deus que pudessem, se assim fosse aconselhado por nossos irmãos dirigentes, freqüentar nossos colégios superiores de nossa terra, onde teriam um campo mais amplo, para estudo e observação. A associação com diferentes classes de espíritos, um conhecimento da operação e dos resultados de métodos populares de educação, e um conhecimento de teologia como é ensinada nas principais instituições de ensino, seriam de grande valor para esses obreiros, preparando-os para trabalhar em favor das classes educadas, e para enfrentar os erros prevalecentes em nosso tempo. Era esse o método seguido pelos antigos valdenses; e, se fiéis a Deus, nossa juventude, tal qual a deles, faria uma boa obra, mesmo enquanto ainda estudando, em semear as sementes da verdade em outras mentes. -- Testimonies for the Church 5:583, 584 (1885). Hábitos corretos deixam impressão sobre o caráter MCP1 354 2 A formação de hábitos corretos deve deixar sua impressão sobre a mente e o caráter das crianças, para que pratiquem o que é direito. Significa muito colocar tais crianças sob a influência direta do Espírito de Deus, educando e disciplinando-as na doutrina e admoestação do Senhor. A formação de hábitos corretos e a manifestação do devido espírito requerem ingentes esforços no nome e na força de Jesus. O mestre precisa perseverar, apresentando preceito sobre preceito, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, com toda a longanimidade e paciência, simpatia e amor, ligando essas crianças a seu coração pelo amor de Cristo revelado em sua própria pessoa. -- Christian Education, 153 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 268. Caracteres não formados num só molde MCP1 354 3 Os professores devem considerar que não estão lidando com anjos, porém com seres humanos com idênticas paixões que eles próprios. Os caracteres não são formados num só molde. Há aspectos de caráter de toda a espécie, recebidos como herança pelas crianças. São assim revelados os defeitos e as virtudes dos traços de caráter. Que todo mestre leve isto em consideração. A deformidade hereditária e cultivada do caráter humano, bem como a beleza de caráter, terão de ser enfrentadas, e muita graça cultivada no mestre a fim de saber como lidar com os errantes para seu bem presente e eterno. O impulso, a impaciência, o orgulho, o egoísmo e a presunção, se acariciados, causarão grande número de males que podem lançar a alma no campo de batalha de Satanás, sem sabedoria para dirigir a embarcação, mas estando em perigo de ser arremessada de uma parte para outra, ao bel-prazer das tentações de Satanás, até naufragar. Todo professor tem de vigiar seus próprios traços peculiares de caráter para que Satanás não o use como seu agente para destruir almas, por meio dos seus próprios traços de caráter não consagrados. -- Carta 50, 1893; Fundamentos da Educação Cristã, 277, 278. Tem de ser semelhante a Cristo, no trato com as mentes MCP1 355 1 É um instrumento que opera diariamente, que deve ser posto em exercício, uma fé que atua pelo amor e purifica a alma do educador. É a revelada vontade de Deus acatada como vossa autoridade suprema? Se Cristo, a esperança da glória, é formado no interior, a verdade de Deus agirá de tal maneira sobre vosso temperamento natural, que seu poder transformador será revelado num caráter transformado, e não convertereis a vontade de Deus em mentira perante qualquer de vossos alunos, por vossa influência mediante as manifestações de não santificado coração e temperamento; nem revelareis que a graça de Cristo não é suficiente para vós em todas as ocasiões e em todos os lugares, por vossa exteriorização de um temperamento egoísta, impaciente e que não se assemelha ao de Cristo, ao lidar com a mente humana. Evidenciareis, assim, que a autoridade de Deus sobre vós não é meramente nominal, mas em realidade e verdade. Deve haver uma separação de tudo o que é objetável ou não cristão, por mais difícil que seja para o verdadeiro crente. -- Christian Education, 148 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 263, 264. Contínua censura confunde a criança MCP1 356 1 O Céu vê na criança o homem ou a mulher não desenvolvidos, com aptidões e poderes que, corretamente orientados e desenvolvidos, com sabedoria celestial, tornar-se-ão os instrumentos humanos pelos quais as influências divinas podem cooperar, para serem coobreiros de Deus. Palavras ásperas e contínua censura confundem, mas não reformam a criança. Não pronuncieis essa palavra irritada; conservai vosso próprio espírito sob a disciplina de Jesus Cristo; aprendereis então a ter compaixão e simpatia para com os que estiverem sob vossa influência. Não vos mostreis impacientes nem ásperos; pois, se essas crianças não precisassem educar-se, não necessitariam das vantagens da escola. Elas devem ser paciente, bondosa e amorosamente ajudadas ao subir a escada do progresso, subindo degrau após degrau na obtenção de conhecimentos. -- Idem, 147 (1893); Fundamentos da Educação Cristã, 263. Cuidado na eliminação de estudantes MCP1 356 2 Tenha cuidado no que faz na questão de eliminar estudantes. É esta uma questão solene. Apenas uma falta muito grave deve autorizar essa disciplina. MCP1 356 3 Deve haver cuidadosa consideração de todas as circunstâncias ligadas ao caso. Estudantes que deixam o lar, perto ou longe, por vezes a milhares e milhares de quilômetros ficam privados das vantagens do lar, e uma vez eliminados da escola, perdem também os privilégios da educação. Todas as suas despesas têm de ser satisfeitas por alguém que teve esperança e confiança nesses jovens, e de que seu dinheiro não seria empregado em vão. O estudante entra em tentação, ou cai nela, e então deve ser disciplinado pelo erro cometido. Ele sente agudamente que seu registro esteja manchado, e decepciona os que confiaram em que ele desenvolvesse o caráter sob influência da educação da vida escolar, que pagará tudo que foi investido em seu favor. MCP1 356 4 Mas suponhamos que ele seja suspenso por mau procedimento. Que fará ele? Seu ânimo está na mais baixa maré, nem mesmo o brio ele cultiva. Ele representa uma despesa, e perde-se tempo precioso. Quem é terno e bondoso, e sente preocupação por essas almas? Não admira que Satanás se prevaleça das circunstâncias. Eles são lançados no campo de batalha de Satanás, e são chamados em exercício os piores sentimentos do coração humano, que se fortalecem e se confirmam. -- Carta 50, 1893. Evitar criar sentimentos de injustiça MCP1 357 1 Quando esbarras com elementos manifestos por aqueles que não possuem a religião bíblica, mas apenas uma profissão, não te esqueças de que és cristão. Rebaixas muito a tua influência e manchas tua própria vida cristã quando perdes o domínio próprio e lhes dás a mínima ocasião de pensar que os maltrataste. Não produzas essa impressão na mente deles, se for possível evitá-lo. Neste tempo de graça estamos formando nosso caráter para a vida futura e imortal; isto, porém, não é tudo, pois nesse mesmo processo de formação do caráter devemos ser extremamente cautelosos quanto a como construímos, pois outros construirão segundo o modelo que lhes deixamos. -- Carta 20, 1892; Medicina e Salvação, 209. A mente tem de ter alimento puro MCP1 357 2 A mente, como o corpo, deve ter alimento puro, para que tenha saúde e força. Dai a vossos filhos algo em que pensar, que esteja fora e acima deles mesmos. A mente que vive numa atmosfera pura e santa, não se tornará leviana, frívola, vã e egoísta. MCP1 357 3 Vivemos num tempo em que tudo o que é falso e superficial é exaltado acima do real, natural e duradouro. Deve a mente ser conservada livre de tudo o que a guiaria numa direção errada. Não deve ser atravancada com histórias sem valor, que não acrescentam força às faculdades mentais. Os pensamentos serão do mesmo caráter que o alimento que provemos para a mente. -- Carta 27, 1890; Orientação da Criança, 188. Livros ateus MCP1 357 4 O estudo de livros escritos por ateus causa grande dano. Assim o joio é semeado no espírito e coração dos estudantes. No entanto, é esse o alimento muitas vezes propiciado ao cérebro, enquanto muitos têm reduzidos conhecimentos dos assuntos que pertencem aos interesses eternos que deveriam compreender. MCP1 358 1 É precioso o talento do tempo. Dia a dia ele nos é concedido como um legado, e seremos por Deus chamados a contas quanto a ele. Deve ele ser usado para a glória de Deus, e se queremos prolongar nossa vida, se queremos alcançar a vida que se mede pela vida de Deus, temos que dar à mente alimento puro. Não se deve esbanjar tempo algum que poderia ser usado de modo correto. -- Manuscrito 15, 1898. Os estudantes devem aprender a obedecer a Deus MCP1 358 2 Vejo que há necessidade de, sob direção divina, introduzir em nossas escolas um grande sentimento, e excluir outro. Mas a grande lição que o estudante tem de aprender é buscar a Deus de todo o coração, espírito e forças, e obedecer-Lhe implicitamente. A ciência da salvação da alma humana é a primeira lição da vida. Nenhuma linha de literatura ou educação em conhecimento livresco deve tornar-se supremo. Mas conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou, é vida eterna. MCP1 358 3 Que os estudantes levem consigo, para sua vida escolar, o amor e temor de Deus. Isto representa uma sabedoria tão preciosa que palavras não podem expressar. Unidos a Deus, deles se pode dizer, como de Daniel, que Deus lhes deu sabedoria e conhecimento em todos os mistérios. MCP1 358 4 A erudição é boa coisa. É desejável a sabedoria de Salomão; mas a sabedoria de alguém maior que Salomão é muito mais desejável e necessária. Pelos estudos, em nossas escolas, não podemos alcançar a Cristo, mas podemos, mediante Cristo, alcançar o último degrau na ciência, pois diz a Palavra inspirada: "NEle estais aperfeiçoados." Colossences 2:10. Nossa primeira obrigação é ver e reconhecer a Deus, e então Ele dirigirá nossa vereda. -- Carta 120, 1896. ------------------------Capítulo 38 -- Equilíbrio na educação A educação tem implicações eternas MCP1 359 1 A educação é um trabalho cujo efeito será visto através dos intérminos séculos da eternidade. -- Testimonies for the Church 6:154 (1900). Restaurar a harmonia no ser MCP1 359 2 O verdadeiro objetivo da educação é restaurar a imagem de Deus na alma. No princípio Deus criou o homem à Sua semelhança. Dotou-o de nobres qualidades. Sua mente era bem equilibrada, e todas as faculdades de seu ser estavam em harmonia entre si. Mas a queda e seus efeitos perverteram estes dons. O pecado mareou e quase obliterou a imagem de Deus no homem. Foi para restaurar a mesma que se concebera o plano da salvação, e se concedera ao homem um tempo de graça. Levá-lo novamente à perfeição em que a princípio fora criado -- é o grande objetivo da vida, objetivo este que constitui a base de todos os outros. É o trabalho dos pais e professores, na educação da juventude, cooperar com o propósito divino; e, assim fazendo, são "cooperadores de Deus". -- Patriarcas e Profetas, 595 (1890). Todas as capacidades devem ser desenvolvidas MCP1 359 3 Todas as variadas capacidades que o homem possui -- de espírito, alma e corpo -- são-lhes por Deus dadas a fim de serem empregadas de tal maneira que atinjam o mais elevado grau possível. Mas esta não pode ser uma cultura egoística e exclusiva; pois o caráter de Deus, cuja semelhança devemos receber, é benevolência e amor. Cada faculdade, cada atributo de que o Criador nos dotou, deve ser empregado para Sua glória, e para o erguimento de nossos semelhantes. E nesse emprego encontra-se o seu exercício mais puro, mais nobre e mais feliz. -- Patriarcas e Profetas, 595 (1890). A verdadeira educação é ampla MCP1 360 1 A verdadeira educação significa mais que um certo curso de estudo. É vasta. Inclui o harmônico desenvolvimento de todas as aptidões físicas e das faculdades mentais. Ensina o amor e o temor de Deus, sendo o preparo para o fiel desempenho dos deveres da vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 64 (1913), [no inglês]. Desenvolvimento completo para cada dever MCP1 360 2 E os que querem ser coobreiros de Deus devem esforçar-se para aperfeiçoar cada órgão do corpo e qualidade da mente. Verdadeira educação é o preparo das faculdades físicas, mentais e morais para a execução de todo dever; é o adestramento do corpo, mente e alma para o serviço divino. Esta é a educação que perdurará para a vida eterna. -- Parábolas de Jesus, 330 (1900). Todas as faculdades devem atingir seu mais elevado potencial MCP1 360 3 Deus pretende que o colégio de Battle Creek alcance mais alta norma de cultura intelectual e moral do que qualquer outra instituição dessa espécie em nossa terra. Aos jovens deve ser ensinada a importância do cultivo de suas faculdades físicas, mentais e morais, a fim de que possam não só alcançar as mais altas consecuções na ciência, mas possam, mediante um conhecimento de Deus, ser educados para glorificá-Lo; que possam aperfeiçoar caráter simétrico, e assim estar plenamente preparados para ser úteis neste mundo e alcançar uma aptidão moral para a vida imortal. -- Testimonies for the Church 4:425 (1880). Há poder no conhecimento de ciências de toda espécie. MCP1 360 4 -- As escolas estabelecidas entre nós são assunto de grave responsabilidade, pois envolvem importantes interesses. Em sentido especial, nossas escolas são um espetáculo aos anjos e aos homens. Há poder no conhecimento de ciências de toda espécie, e é desígnio de Deus que a ciência avançada seja ensinada em nossas escolas como preparação para a obra que há de preceder as cenas finais da história terrestre. A verdade deve ir aos mais remotos confins da Terra, mediante pessoas preparadas para a obra. Mas, embora haja poder no conhecimento da ciência, o conhecimento que Jesus veio transmitir pessoalmente ao mundo era o conhecimento do evangelho. A luz da verdade destinava-se a lançar seus brilhantes raios nas partes mais longínquas da Terra, e a aceitação ou a rejeição da mensagem de Deus envolvia o destino eterno das almas. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 186. Os jovens devem ser pensadores MCP1 361 1 Cada ser humano criado à imagem de Deus, é dotado de certa faculdade própria do Criador -- a individualidade -- faculdade esta de pensar e agir. Os homens nos quais se desenvolve esta faculdade, são os que arrostam responsabilidades, que são os dirigentes nos empreendimentos e que influenciam nos caracteres. É a obra da verdadeira educação desenvolver esta faculdade, adestrar os jovens para que sejam pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem. MCP1 361 2 Em vez de limitar seu estudo ao que os homens têm dito ou escrito, sejam os estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos a pesquisas na Natureza e na Revelação. Que contemplem os grandes fatos do dever e do destino, e a mente expandir-se-á, fortalecer-se-á. Em vez de educados fracotes, as instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções. -- Educação, 17, 18 (1903). A verdadeira educação aperfeiçoa o caráter MCP1 361 3 A educação e preparo dos jovens é uma obra importante e solene. O grande objetivo a ser alcançado deve ser o apropriado desenvolvimento do caráter, para que a pessoa possa estar devidamente apta para cumprir os deveres da vida presente, e para participar afinal da vida futura, imortal. A eternidade revelará a maneira em que a obra foi executada. Se os pastores e os professores tivessem um verdadeiro senso de sua responsabilidade, veríamos um diferente estado de coisas no mundo hoje. São, porém, muito estreitos em seus pontos de vista e propósitos. Não reconhecem a importância de sua obra nem os seus resultados. -- Testimonies for the Church 4:418 (1880). O maior valor é formar o caráter MCP1 362 1 Os alunos [da escola de Avondale] trabalham arduamente e com fidelidade. Estão fortalecendo os nervos e ganhando solidez, bem como atividade muscular. Esta é a devida educação, que fará sair de nossas escolas moços que não são fracos nem deficientes, que não têm uma educação unilateral, mas um preparo físico, mental e moral completo. MCP1 362 2 Não devem os educadores do caráter esquecer-se de pôr o fundamento que tornará a educação do maior valor. Exigirá isso abnegação, mas deve ser feito. Devidamente conduzido, o ensino físico preparará para a tensão mental. Mas esse somente, sempre forma um homem deficiente. MCP1 362 3 A tensão física, combinada com o esforço mental, conserva a mente e o moral numa condição mais saudável, sendo feito muito melhor trabalho. Sob este ensino, sairão de nossas escolas alunos educados para a vida prática, habilitados a dar o melhor uso a sua capacidade intelectual. Se quisermos fazer justiça aos nossos estudantes, devem ser combinados o exercício físico e o mental. Temos trabalhado aqui neste plano com absoluta satisfação, não obstante a maneira inconveniente em que os alunos têm de trabalhar. -- Special Testimonies, Série A, 4:16, 27 de Agosto de 1895; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 241. Muitos deixam de compreender os verdadeiros princípios MCP1 362 4 Muitos estudantes têm tanta pressa em terminar sua educação, que não são cabais em nada do que empreendem. Poucos têm suficiente coragem e domínio próprio para agir por princípios. A maioria dos estudantes não compreendem o verdadeiro objetivo da educação, e não procedem, portanto, de tal maneira que o consigam. Aplicam-se ao estudo de matemática ou de línguas, ao passo que negligenciam um estudo muito mais necessário para a felicidade e o êxito da vida. Muitos dos que podem explorar as profundezas da Terra com o geólogo, ou atravessar os céus com o astrônomo, não revelam o menor interesse pelo maravilhoso mecanismo de seu próprio corpo. Outros sabem dizer com exatidão quantos ossos há no esqueleto humano e descrever corretamente cada órgão do corpo, sendo não obstante tão ignorantes acerca das leis da saúde e do tratamento das enfermidades, como se a vida fosse regida por um cego destino, em vez de por uma lei definida e invariável. -- The Signs of the Times, 29 de Junho de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 71, 72. A educação não deve ser só do cérebro MCP1 363 1 Os alunos que adquiriram conhecimento de livros sem obter o do trabalho prático, não podem pretender educação simétrica. As energias que deveriam ter sido consagradas a ofícios vários, têm sido negligenciadas. A educação não consiste em empregar o cérebro apenas. A ocupação física é parte do preparo essencial a todo jovem. Falta um importante aspecto de educação, se o estudante não aprender a se empenhar em útil labor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 276, 277 (1913). Trabalho físico e mental equilibrados MCP1 363 2 Muito se tem falado e escrito acerca da importância de educar a mente para o mais elevado serviço. Isto às vezes tem levado à opinião de que, se o intelecto é educado de modo a pôr em campo suas mais altas faculdades, isso fortalecerá a natureza física e moral, para o desenvolvimento do homem todo. O tempo e a experiência têm demonstrado ser isto um erro. Temos visto homens e mulheres saírem do colégio como diplomados, sem ser absolutamente qualificados para fazer uso adequado do maravilhoso organismo físico com o qual Deus os proveu. O corpo todo se destina à ação, e não à inação. MCP1 364 1 Se as faculdades físicas não se empenharem tal qual as mentais, demasiado esforço é exigido destas. A menos que cada parte da maquinaria humana cumpra as tarefas que lhe são designadas, as faculdades mentais não podem ser usadas até sua capacidade máxima por tempo determinado. Faculdades naturais têm de ser governadas por leis naturais, e têm de ser educadas a trabalhar em harmonia com essas leis. Não podem os professores de nossas escolas desrespeitar nenhum desses pormenores sem esquivar-se à responsabilidade. O orgulho pode levá-los a buscar um alto padrão secular de realização intelectual, a fim de que os estudantes possam brilhar; mas em se tratando de sólidas aquisições -- essas que são necessárias para habilitar homens e mulheres para toda e qualquer emergência na vida prática -- esses estudantes estarão apenas parcialmente preparados para ter êxito na vida. Sua educação defeituosa muitas vezes leva ao fracasso, seja qual for o ramo de atividade que empreendam. -- Testimonies for the Church 5:522 (1889). Não esquivar-se aos encargos da vida MCP1 364 2 Grave-se nos jovens o pensamento de que a educação não consiste em ensinar-lhes como escapar das ocupações desagradáveis e fardos pesados da vida; mas que seu propósito é suavizar o trabalho, ensinando melhores métodos e objetivos mais elevados. Ensinai-lhes que o verdadeiro alvo da vida não é adquirir o maior ganho possível para si, mas honrar ao seu Criador, cumprindo sua parte no trabalho do mundo, e estendendo u'a mão auxiliadora aos mais fracos e mais ignorantes. -- Educação, 221, 222 (1903). Necessário o desenvolvimento harmônico MCP1 364 3 O reto uso de si mesmo é a mais valiosa lição que se possa aprender. Não devemos empenhar-nos em trabalho mental e aí parar; devemos fazer o melhor uso das várias partes que compõem a maquinaria humana: cérebro, ossos, músculos, cabeça e coração. -- The Youth's Instructor, 7 de Agosto de 1898; Filhos e Filhas de Deus, 171. A ignorância não aumenta a espiritualidade MCP1 364 4 Os moços não devem ingressar na obra de explanar as Escrituras e fazer conferências sobre as profecias, quando não têm conhecimento das importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outrem. Podem ser deficientes nos ramos comuns da educação e por isso não fazem a quantidade de bem que poderiam fazer se tivessem tido as vantagens de uma boa escola. A ignorância não aumenta a humildade ou espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina melhor podem ser aproveitadas pelo cristão intelectual. Cristo melhor pode ser glorificado por aqueles que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a usar as faculdades que Deus nos concedeu, da maneira que melhor represente a religião da Bíblia e promova a glória de Deus. -- Testimonies for the Church 3:160 (1872). A educação requer esforços laboriosos MCP1 365 1 Devem os professores levar os estudantes a pensar e compreender claramente a verdade, por si mesmos. Não basta que o professor explique ou o estudante creia; tem de ser despertado o desejo de indagar, e o estudante tem de ser levado a declarar a verdade em sua própria linguagem, tornando-se assim evidente que ele lhe reconhece a força e faça a aplicação. Por laborioso esforço as verdades vitais devem assim ser-lhe gravadas na mente. Pode este ser um processo lento, mas é de maior valor do que o precipitado passar por assuntos importantes sem lhes dar a devida consideração. Deus espera que Suas instituições sobrepujem as do mundo, pois são representantes Seus. Os homens verdadeiramente ligados a Deus mostrarão ao mundo que está ao leme um agente mais do que humano. -- Testimonies for the Church 6:154 (1900). Colocar marcos bem definidos MCP1 365 2 Estabeleça a juventude balizas bem definidas, pelas quais possa ser guiada em emergências. Quando sobrevém uma crise que requeira faculdades físicas ativas e bem desenvolvidas, e uma mente clara, forte, de atuação prática; quando há por fazer obra difícil, onde cada golpe tem de valer, e as perplexidades só podem ser vencidas mediante buscar sabedoria de Deus, então a juventude que aprendeu a vencer dificuldades mediante fervoroso labor, estará em condições de responder ao chamado por obreiros: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Seja o coração dos moços e das moças claro como cristal. Não sejam triviais os seus pensamentos, mas consagrados pela virtude e santidade. Não há necessidade de serem diferentes. Com pureza de pensamento mediante a santificação do Espírito, sua vida pode ser distinta, elevada, enobrecida. -- Special Testimonies, Série B, 1:31, 32, Julho 1900. É importante a formação de hábitos corretos MCP1 366 1 Deve ser o fixo propósito de todo jovem, ter alvo elevado, em todos os seus planos para o trabalho vitalício. Adota para teu governo, em todas as coisas, a norma apresentada pela Palavra de Deus. É este o positivo dever do cristão, e deve ser também teu positivo prazer. Cultiva respeito por ti mesmo, porque és a adquirida propriedade de Cristo. MCP1 366 2 O êxito na formação de hábitos corretos, o progresso naquilo que é nobre e justo, dar-te-á uma influência a que todos saberão dar valor. Vive para algo além de ti mesmo. MCP1 366 3 Se teus motivos forem puros e altruístas, se estiveres sempre em busca de um trabalho que alguém tem que fazer, se estiveres sempre alerta para demonstrar bondosas atenções e praticar atos corteses, estarás inconscientemente erguendo teu próprio monumento. Esta é a obra para fazer a qual Deus concita todas as crianças e jovens. -- Special Testimonies, Série B, 1:31, 32, Julho 1900. Manutenção própria, parte importante da educação MCP1 366 4 Ao adquirir sua educação, muitos estudantes obteriam uma valiosíssima habilitação, se quisessem tornar-se aptos a se manterem por si mesmos. Em vez de contrair dívidas, ou depender da abnegação de seus pais, dependam os moços e as moças de si mesmos. Aprenderão assim a avaliar o dinheiro, o tempo, a força e oportunidade, e estarão muito menos sob a tentação de condescender com hábitos de ociosidade e prodigalidade. As lições de economia, indústria, abnegação, direção prática de negócios e firmeza de propósitos, assenhoreadas desta maneira, revelar-se-iam parte importantíssima de seu aparelhamento para a batalha da vida. E a lição do auxílio de si mesmo aprendida pelo estudante, muito faria no sentido de preservar as instituições de ensino do peso das dívidas sob o qual tantas escolas têm lutado, e que tanto tem feito para prejudicar sua utilidade. -- Educação, 221 (1903). A educação molda a estrutura social MCP1 367 1 Por todo o mundo a sociedade se acha em desordem, e uma transformação radical se faz mister. A educação dada à juventude deve moldar toda a estrutura social. -- A Ciência do Bom Viver, 406 (1905). Necessidade de escolas que ensinem agricultura MCP1 367 2 Nossas escolas poderiam auxiliar eficazmente na colocação de multidões destituídas de emprego. Milhares de seres desamparados e famintos, cujo número diariamente engrossa as fileiras dos criminosos, poderiam obter a manutenção própria em uma vida feliz, saudável, independente, se fossem guiados em trabalho hábil e diligente no cultivo da terra. -- Educação, 220 (1903). A educação continua através da vida MCP1 367 3 Na escola de Cristo os estudantes nunca se formam. Entre os discípulos há tanto velhos como jovens. Os que dão atenção às instruções do divino Mestre, adiantam-se constantemente em sabedoria, correção e nobreza de alma, e assim preparam-se para entrar naquela escola superior onde o adiantamento continuará por toda a eternidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 45, 46 (1913). Ambição verdadeira MCP1 367 4 Querida mocidade, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada um de vós, estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas. Aspirai à altura, e não vos poupeis trabalhos para alcançar o padrão. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1884; Fundamentos da Educação Cristã, 82. O conhecimento mais necessário MCP1 368 1 Avance a juventude tão rapidamente e vá tão longe em adquirir conhecimentos quanto lhe seja possível. ... E à medida que aprendam, vão eles comunicando os seus conhecimentos. É assim que a mente adquirirá disciplina e vigor. É o emprego que eles fazem de seus conhecimentos, que determina o valor de sua educação. Gastar longo tempo em estudos, sem esforço algum para comunicar o que se adquire, demonstra-se muitas vezes um prejuízo em lugar de um auxílio ao real desenvolvimento. Tanto em casa como na escola, o esforço do estudante deve ser no sentido de aprender a estudar e a passar a outros os conhecimentos adquiridos. Seja qual for sua vocação, terá de ser durante toda a sua vida, tanto aluno como professor. -- A Ciência do Bom Viver, 402 (1905). MCP1 368 2 A educação mais necessária a ser obtida por nossos jovens hoje, e que os habilitará para os cursos superiores da escola do alto, é a que os ensinará a revelar ao mundo a vontade de Deus. -- The Review and Herald, 24 de Outubro de 1907; Fundamentos da Educação Cristã, 512. MCP1 368 3 O conhecimento essencial é o conhecimento de Deus e dAquele que Ele enviou. MCP1 368 4 Toda criança e todo jovem devem conhecer-se a si mesmos. Convém que compreendam a habitação física que Deus lhes deu, e as leis mediante as quais se mantêm com saúde. Todos devem ter base sólida nos ramos comuns de educação. E devem ser exercitados em indústrias que os tornem homens e mulheres de habilidade prática, aptos para os deveres da vida diária. A isso devem acrescentar-se conhecimentos e experiência prática em vários ramos de trabalho missionário. -- A Ciência do Bom Viver, 402 (1905). "Que curso universitário pode ser igual a isto?" MCP1 368 5 "Está perto o grande dia do Senhor..." (Sofonias 1:14) e há um mundo a ser avisado. ... Milhares de jovens... devem consagrar-se a esta obra. ... Todo o educador cristão... anime e auxilie a juventude sob seu cuidado a obter preparo para unir-se às fileiras. MCP1 369 1 Não há outro ramo de trabalho em que seja possível aos jovens receber maior benefício. ... São coobreiros dos anjos; ou antes, são o poder humano por meio do qual os anjos cumprem a sua missão. Os anjos falam pela sua voz e agem por suas mãos. E os obreiros humanos, cooperando com os seres celestiais, recebem o benefício da educação e experiência deles. Como meio de educação, que "curso de universidade" poderá igualar a este? -- Educação, 271 (1903). Comunicar conhecimento é necessário MCP1 369 2 Para sua completa educação é necessário que se dê aos alunos tempo para fazer trabalho missionário -- tempo para se relacionarem com as necessidades espirituais das famílias da vizinhança. Não devem ficar tão sobrecarregados de estudos, que não tenham tempo de empregar o conhecimento adquirido. Sejam animados a fazer diligente trabalho missionário em favor dos que estão no erro, relacionando-se com eles, e levando-lhes a verdade. Trabalhando com humildade, buscando sabedoria de Cristo, orando e velando em oração, poderão dar a outros o conhecimento que lhes enriqueceu a própria vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 595, 596 (1913). ------------------------Mente, Caráter e Personalidade 2 MCP2 III 1 Prefácio MCP2 373 1 Capítulo 39 -- Necessária a ação harmoniosa da personalidade toda MCP2 380 1 Capítulo 40 -- O corpo afeta a mente MCP2 385 1 Capítulo 41 -- O regime alimentar e a mente MCP2 396 1 Capítulo 42 -- A mente e a saúde MCP2 404 1 Capítulo 43 -- A mente e a saúde espiritual MCP2 415 1 Capítulo 44 -- Leis que governam a mente MCP2 423 1 Capítulo 45 -- Individualidade MCP2 431 1 Capítulo 46 -- Relações humanas MCP2 441 1 Capítulo 47 -- Higiene mental MCP2 451 1 Capítulo 48 -- Sentimento de culpa MCP2 458 1 Capítulo 49 -- Ansiedade MCP2 466 1 Capítulo 50 -- Preocupação, inquietude MCP2 474 1 Capítulo 51 -- Temor MCP2 482 1 Capítulo 52 -- Depressão MCP2 497 1 Capítulo 53 -- Controvérsia -- positiva e negativa MCP2 506 1 Capítulo 54 -- Excesso no estudo MCP2 510 1 Capítulo 55 -- Dor MCP2 516 1 Capítulo 56 -- Ira MCP2 524 1 Capítulo 57 -- Ódio e vingança MCP2 531 1 Capítulo 58 -- Fé MCP2 545 1 Capítulo 59 -- Formação do caráter MCP2 555 1 Capítulo 60 -- Conflito e conformação MCP2 562 1 Capítulo 61 -- Função vital das leis de Deus MCP2 572 1 Capítulo 62 -- Comunicação MCP2 587 1 Capítulo 63 -- Imaginação MCP2 596 1 Capítulo 64 -- Hábitos MCP2 602 1 Capítulo 65 -- Indolência MCP2 606 1 Capítulo 66 -- Necessidades emocionais MCP2 615 1 Capítulo 67 -- Disposição MCP2 621 1 Capítulo 68 -- Relacionamento social MCP2 630 1 Capítulo 69 -- Rejeição MCP2 635 1 Capítulo 70 -- Crítica MCP2 641 1 Capítulo 71 -- Felicidade MCP2 655 1 Capítulo 72 -- Hábitos de pensamento MCP2 665 1 Capítulo 73 -- Pensar correto MCP2 671 1 Capítulo 74 -- Dúvidas MCP2 681 1 Capítulo 75 -- Imaginação e enfermidade MCP2 685 1 Capítulo 76 -- Decisão e vontade MCP2 697 1 Capítulo 77 -- Pseudociência MCP2 704 1 Capítulo 78 -- Mente controlando mente MCP2 711 1 Capítulo 79 -- Hipnotismo e seus perigos MCP2 722 1 Capítulo 80 -- Ciência satânica da exaltação própria MCP2 731 1 Capítulo 81 -- Terapia mental segura MCP2 739 1 Capítulo 82 -- Considerações sobre a ciência MCP2 745 1 Capítulo 83 -- Geriatria MCP2 755 1 Capítulo 84 -- Como tratar as emoções MCP2 763 1 Capítulo 85 -- Aconselhamento MCP2 775 1 Capítulo 86 -- Partilhar confidências MCP2 781 1 Capítulo 87 -- Psicologia e teologia MCP2 789 1 Capítulo 88 -- Influências negativas sobre a mente MCP2 797 1 Capítulo 89 -- Influências positivas sobre a mente MCP2 807 1 Apêndice A MCP2 811 1 Apêndice B ------------------------Prefácio MCP2 III 1 Nos dias de Ellen G. White (1827-1915), estava em sua infância a Psicologia -- ciência que estuda a mente e suas faculdades e funções. No entanto, através de seus escritos aparece uma distinta filosofia, na qual são descritas claramente as linhas mestras dessa ciência, conducentes à saúde mental. MCP2 III 2 É propósito desta compilação reunir, para conveniente estudo, as declarações de Ellen G. White, nessa área vasta, importante e por vezes controversa. Os Adventistas do Sétimo Dia e outros, que têm a convicção de que Ellen G. White escreveu sob a influência do Espírito de Deus, muito prezam essa guia num campo tão importante, numa época em que as escolas de pensamento psicológico são várias e mutáveis. MCP2 III 3 Foi já demonstrada a sanidade dos pontos de vista de Ellen White no campo da fisiologia, nutrição e educação, assim como em outras áreas. Não há dúvida de que, à medida que progridem as pesquisas em relação à psicologia e saúde mental, mais firme se estabelecerá sua reputação quanto a expor sadios princípios de psicologia. Para os crentes adventistas esta obra, Mente, Caráter e Personalidade, suprirá muitas respostas. Estamos certos de que, à medida que se vai desdobrando a verdade, as posições aqui assumidas apelarão mais e mais a todos os leitores pensantes. MCP2 III 4 Nessas circunstâncias, o aparecimento ocasional de expressões como: "Eu vi", "Foi-me mostrado", "Fui instruída de que", não só serão compreendidas, mas serão bem-vindas pela certeza que proporcionam de que os conceitos apresentados se originaram com Aquele que deu forma à mente humana. MCP2 IV 1 Coligindo esta matéria nos escritórios dos depositários das publicações White, nenhuma tentativa se fez para selecionar trechos que apóiam pontos de vista advogados por várias autoridades nas áreas de Educação e Psicologia. Não aparecem aqui nenhuns pontos de vista mantidos pelos compiladores. Ao contrário, procurou-se permitir que Ellen White propusesse livremente seus pontos de vista. Isso se conseguiu transcrevendo da vasta bagagem de suas publicações, escritas através de seis décadas, tal como se encontram em livros e opúsculos existentes ou esgotados, seus milhares de artigos em periódicos e os volumosos manuscritos e correspondência arquivados nas caixas fortes do escritório. MCP2 IV 2 Grande parte de Mente, Caráter e Personalidade apresenta princípios diretrizes gerais. De permeio, suplementando, há advertências e conselhos práticos referentes ao relacionamento entre professor e aluno, pastor e membro da igreja, médico e paciente, pais e filhos. MCP2 IV 3 Em dezenas e dezenas de casos, os conselhos dirigidos a executivos, pastores, médicos, professores, redatores, maridos, esposas ou jovens podem, na revelação das circunstâncias e dos conselhos dados, participar como que da forma de narrações. Convém dar atenção ao princípio envolvido. MCP2 IV 4 É óbvio que Ellen White não escrevia como psicóloga. Não empregava a terminologia comumente usada hoje na área da Psicologia. Com efeito, o leitor deve compreender os usos que ela faz dos termos "psicologia", "frenologia", etc. O leitor inteligente, porém, ficará profundamente impressionado com a incomum intuição quanto aos princípios básicos de psicologia evidenciados por esses escritos. As declarações de Ellen G. White sobre as várias facetas da mente, seu lugar vital na experiência humana, suas potencialidades e fatores que levam ao seu ótimo funcionamento, reunidos em uma sequência lógica, representam um ótimo acréscimo aos livros póstumos de Ellen G. White. Essas declarações nos ajudam a compreender o que é o homem, bem como seu relacionamento com o ambiente terrestre, com Deus e com o Universo. MCP2 IV 5 Dez anos atrás, quando se iniciou o trabalho destas compilações, julgou-se que seu apelo mais amplo se faria sentir, especialmente, entre os estudiosos na área da saúde mental. Devido a isso seguiu-se uma classificação que tornasse facilmente encontráveis as declarações, aos que se ocupassem com áreas classificadas. Deve o pesquisador compreender que, conquanto se tentasse quanto possível evitar redundâncias, umas poucas declarações importantes são repetidas em vários capítulos, pois o aluno as procuraria sob diferentes verbetes apropriados. É claro que esta compilação é de interesse vital para todos os adventistas, assim como para seus amigos, pois todos estamos interessados em tudo que se relaciona com a mente. MCP2 V 1 A tarefa dos compiladores resumiu-se à seleção da matéria, dispondo-a numa sequência que lhes parecia lógica, e suprindo os títulos, inclusive os marginais que apresentam os itens escolhidos. Fez-se a tentativa de incluir todas as declarações essenciais sobre os assuntos apresentados, escritos através dos anos do serviço ativo de Ellen White, proporcionando assim a vantagem de considerar determinado assunto sob todos os ângulos, e apresentar a cobertura mais ampla possível. Assim fazendo, aparecem aqui e ali pensamentos repetidos, em linhas básicas gerais, que o leitor casual pode achar algo irritante. O estudante cuidadoso, porém, saberá avaliar cada frase que contribua para tornar claro o assunto considerado. Assim, Mente, Caráter e Personalidade é, por assim dizer, enciclopédico. MCP2 V 2 Cada citação menciona a fonte, nos escritos de Ellen G. White, tornando possível que o leitor, em muitos casos, possa consultar o contexto original na íntegra. A fim de poupar espaço, emprega-se, ao referir a fonte, as abreviaturas comumente aceitas, dos escritos de E. G. White. Nas primeiras páginas deste volume se encontra a chave das abreviaturas. Em todos os casos se dá a data do escrito, ou de sua primeira edição. As fontes originais são dadas como referências primárias, e no caso de existirem ainda em forma de livro, aparecem as referências apropriadas. A indicação da fonte quando se refere ao Seventh-day Adventist Bible Commentary, são das declarações suplementares de E. G. White, que aparecem no final de cada um dos volumes do Commentary, ou no volume 7a do SDA Bible Commentary. MCP2 V 3 A falta de espaço impediu a inclusão, nestes volumes, de alguns tópicos mentalmente relacionados, como "insanidade", etc., para o que remetemos o leitor ao Comprehensive Index to the Writings of Ellen G. White. MCP2 V 4 Esta compilação foi preparada nos escritórios dos Depositários dos Bens de Ellen G. White, sob a direção da Mesa Administrativa, como foi autorizado por Ellen White em seu testamento. Diversamente da maioria das compilações de escritos de Ellen G. White, foi primeiramente entregue à publicidade, em caráter provisório, sob o título de Guidelines to Mental Health, para estudo em salas de aula e para leitura crítica de educadores, psicólogos e psiquiatras adventistas. Foi desejo dos Depositários White que fossem realmente tomadas em conta todas as declarações relevantes aos tópicos apresentados, e que a disposição da matéria fosse aceitável. MCP2 VI 1 O favorável acolhimento por parte das salas de aula e de outras entidades, assegura para esta obra um lugar junto aos muitos livros póstumos de Ellen G. White. Publicada agora em duas partes, torna-se um segmento da popular Christian Home Library (Biblioteca do Lar Cristão). MCP2 VI 2 Em sua forma presente, representa por assim dizer uma revisão das seleções de assuntos e uma melhoria na ordem de seu aparecimento. Acrescentou-se o capítulo intitulado "Amor e Sexualidade na Vida Humana". Alguns acréscimos complementaram certos capítulos, e algumas supressões eliminaram repetições desnecessárias. A paginação é contínua através das duas partes, e os índices de passagens bíblicas e assuntos, de toda a obra, encontram-se no final. MCP2 VI 3 Que o nítido quadro do grande conflito entre as forças do bem e do mal, para controle da mente humana, possa servir de advertência e esclarecimento a todos os leitores, e prover-lhes sugestões e orientação para a escolha daquilo que lhes dará guia seguro, assegurando-lhes a futura herança da vida por vir, é a sincera esperança da Mesa Administrativa dos Bens de Ellen G. White, Washington, D.C., 22 de Março de 1977. ------------------------Capítulo 39 -- Necessária a ação harmoniosa da personalidade toda Misterioso inter-relacionamento MCP2 373 1 Entre a mente e o corpo há um relacionamento admirável e misterioso. Reagem um sobre o outro. Manter o corpo em estado sadio, a fim de que desenvolva a força, para que cada uma das partes da máquina viva possa agir harmoniosamente, deve ser o primeiro estudo de nossa vida. Negligenciar o corpo é negligenciar a mente. Não pode ser para glória de Deus que Seus filhos tenham corpo enfermiço e mente definhada. -- Testimonies for the Church 3:485, 486 (1875). A harmonia depende da conformidade com leis fixas MCP2 373 2 A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da Natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na Natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na Terra, é responsável perante a lei moral. -- Patriarcas e Profetas, 52 (1890). Harpa de mil cordas MCP2 373 3 Não é apenas privilégio, mas sagrado dever de todos, compreender as leis que Deus estabeleceu em seu ser. ... E, ao compreenderem mais plenamente o corpo humano, ... procurarão pôr o corpo em sujeição às nobres faculdades da mente. O corpo será por eles considerado uma estrutura maravilhosa, formada pelo Arquiteto Infinito, e confiado aos seus cuidados, para conservar em ação harmoniosa essa harpa de mil cordas. -- The Health Reformer, Setembro de 1871; Minha Consagração Hoje, 138. Todos são parte de um todo perfeito MCP2 374 1 Todos nós somos representados como sendo membros do corpo, unidos em Cristo. Nesse corpo há vários membros, e não pode um dos membros preencher exatamente o mesmo encargo de outro. ... No entanto, todos esses órgãos são necessários ao todo perfeito, e atuam em bela harmonia mútua. As mãos têm o seu encargo, e os pés têm o deles. Não deve um dizer ao outro: "Você me é inferior"; as mãos não podem dizer aos pés: "Não precisamos de vocês"; todos são unidos ao corpo, para realizarem sua obra específica, e devem ser respeitados por igual, pois conduzem ao conforto e utilidade do todo perfeito. -- Testimonies for the Church 4:128 (1876). Harmonioso desenvolvimento, tanto das faculdades mentais como das morais MCP2 374 2 O desenvolvimento da mente é um dever que devemos a nós mesmos, à sociedade e a Deus. Nunca devemos, entretanto, planejar meios para o cultivo do intelecto a expensas da parte moral e espiritual. E é somente pelo harmonioso desenvolvimento das faculdades mentais, tanto como das morais, que se alcança a mais alta perfeição de ambos. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881. A falta da ação harmoniosa traz enfermidade MCP2 374 3 É a falta de ação harmoniosa no organismo humano que traz a enfermidade. A imaginação pode controlar as demais partes do corpo em prejuízo destas. Todas as partes do organismo devem operar de maneira harmoniosa. As diversas partes do corpo, especialmente as que se acham distantes do coração, devem receber livre circulação do sangue. Os membros desempenham parte importante e devem receber atenção apropriada. -- Special Testimonies, Série B, 15:18, 3 de Abril de 1900; Conselhos Sobre Saúde, 587. Uma só faculdade debilitada, enfraquece o todo MCP2 375 1 Se uma das faculdades é deixada ficar dormente, ou é desviada de seu próprio curso, não é alcançado o propósito de Deus. Todas as faculdades devem ser bem desenvolvidas. Cada uma delas deve receber cuidados, pois cada uma tem influência sobre as outras, e todas têm de ser exercidas a fim de que a mente seja devidamente equilibrada. MCP2 375 2 Se um ou dois órgãos forem cultivados e mantidos em uso contínuo porque vossos filhos preferem empenhar a força mental, em determinada direção, com negligência de outras faculdades mentais, eles chegarão à maturidade com a mente em desequilíbrio e o caráter inarmônico. Serão aptos e fortes em determinada direção, mas muito deficientes em outras direções, igualmente importantes. Não serão homens e mulheres competentes. Suas deficiências serão notórias e mancharão o caráter todo. -- Testimonies for the Church 3:26 (1872). MCP2 375 3 Quando a mente dos ministros, professores e estudantes é continuamente excitada pelo estudo, permitindo-se que o corpo permaneça inativo, são pressionados os nervos da emoção, enquanto os da locomoção ficam inativos. O uso recaindo todo sobre os órgãos mentais, tornam-se eles sobrecarregados e enfraquecidos, ao passo que os músculos perdem vigor por falta de emprego. Não há vontade para exercer os músculos mediante o empenho em trabalho físico, porque o exercício parece enfadonho. -- Testimonies for the Church 3:490 (1875); Testemunhos Selectos 1:419, 420. Cautela quanto ao excesso de trabalho MCP2 375 4 Lembrai-vos de que o homem tem de preservar o talento da inteligência, dado por Deus, conservando a máquina física em harmoniosa ação. É necessário o exercício físico para que se desfrute saúde. Não é o trabalho, mas o excesso dele, sem períodos de descanso, o que faz desfalecer as pessoas, pondo em perigo as forças vitais. Os que se excedem no trabalho logo chegam ao ponto em que trabalham como quem não tem esperança. MCP2 375 5 O serviço prestado ao Senhor é executado com alegria e bom ânimo. Deus deseja que introduzamos ânimo, vida e confiança no nosso trabalho. Os obreiros de ocupação cerebral devem dar a devida atenção a cada parte da máquina humana, equilibrando o esforço. O esforço físico e mental, combinados prudentemente, conservarão o homem todo em condições de ser aceitável a Deus. ... MCP2 376 1 Ponde no trabalho do dia esperança, ânimo e amabilidade. Não vos excedais no trabalho. É muito melhor deixar por fazer algumas das tarefas planejadas para o dia, do que se exceder e tornar-se sobrecarregado, perdendo o ânimo necessário para o cumprimento das tarefas do dia seguinte. Não violeis hoje as leis da Natureza, para não perderdes as forças para o dia seguinte. -- Carta 102, 1903. Conselho para alguém que usava de linguagem exagerada MCP2 376 2 Segundo a luz que Deus me concedeu, sei que se está desenvolvendo em ti a deformidade espiritual. Em vez de uma perfeita mostra de princípios retos e hábitos certos, estás acumulando em teu íntimo sentimentos e princípios que te excluirão das cortes celestes, com todos os que participam do mesmo espírito. Tua mente está-se tornando deformada, pela maneira em que a tratas. Rogo-te que mudes decisivamente tua atitude. Reprime toda a linguagem exagerada, pois ela destrói a harmonia mental. MCP2 376 3 O corpo precisa ser cuidado atentamente, a fim de que seja conservado em condições sadias. Assim a mente precisa ser disciplinada cuidadosamente, a fim de que não se desenvolva indevidamente em alguns pontos e insuficientemente em outros. Por isso esses delicados órgãos não estão à vista, de modo a poderes ver o dano que estás causando a tuas faculdades intelectuais e quanto elas devem ser reguladas, não estás consciente do dano que lhes estás causando. Entreténs teorias insalubres, e levas a mente a servir a essas teorias. MCP2 376 4 A maneira como diriges tua máquina mental a está desgastando. Entretanto não vês o dano que isso está causando. Mais cedo ou mais tarde, tu e teus amigos vereis o desfavorável desenvolvimento de teus pensamentos e ações. Teu estômago começa a testificar da ação mental. A mente simétrica e bem disciplinada mudaria para melhor o processo da digestão. -- Carta 29, 1897. A harmonia implica em esforço complementar (conselho a um marido) MCP2 377 1 Não é possível termos todos as mesmas opiniões nem podemos nutrir as mesmas idéias, mas deve uma pessoa ser um benefício e bênção a outra, de modo que o que falta a um, outro pode suprir o necessário. Tens certas deficiências de caráter e tendências naturais que te tornam proveitoso entrar em contato com espíritos de organização diferente, a fim de equilibrar-te. Em vez de ficares exclusivamente superintendendo, deves consultar a esposa e chegardes a decisões conjuntas. Não estimulas o esforço independente por parte de tua família; mas se não são seguidas escrupulosamente tuas decisões específicas, muitas vezes criticas os faltosos. -- Testimonies for the Church 4:128 (1876). Propensões inferiores devem ser controladas MCP2 377 2 "De Deus somos cooperadores." 1 Coríntios 3:9. Deve o homem operar sua própria salvação, com temor e tremor; pois é Deus que opera nele tanto o querer como o realizar, segundo Sua boa vontade. Deus concede ao homem faculdades físicas e mentais. Nenhuma delas é desnecessária. Nenhuma delas deve ser mal empregada ou abusada. As propensões inferiores devem ser mantidas sob o controle das faculdades superiores. -- Carta 139, 1898. Saúde do corpo e do espírito MCP2 377 3 A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do que constitui um caráter santificado. Ela apresenta uma lição para todos, e especialmente para os jovens. Uma estrita submissão às reivindicações de Deus é benéfica à saúde do corpo e do espírito. MCP2 377 4 A fim de atingir a mais elevada norma de aquisições morais e intelectuais, é necessário buscar sabedoria e força de Deus e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros, temos um exemplo da vitória do princípio sobre a tentação para condescender com o apetite. Ela mostra que, por meio do princípio religioso, os jovens podem triunfar sobre as concupiscências da carne e permanecer leais às reivindicações de Deus, embora lhes custe grande sacrifício. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881; Santificação, 24, 25. Vida sadia favorece a perfeição do caráter MCP2 378 1 Uma vida pura e sadia é mais propícia à perfeição do caráter cristão e ao desenvolvimento das faculdades da mente e do corpo. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1896; Conselhos Sobre Saúde, 41. Mente, nervos e músculos devem trabalhar em harmonia MCP2 378 2 Pelo uso apropriado de nossas faculdades no máximo de suas dimensões, dando-lhes o mais útil emprego, mantendo sadio todo órgão, de tal maneira que espírito, nervos e músculos atuem em harmonia, podemos prestar o mais precioso serviço a Deus. -- The Youth's Instructor, 7 de Abril de 1898. A felicidade, fruto da ação harmônica de todas as faculdades MCP2 378 3 Os que servem a Deus em sinceridade e verdade devem ser um povo peculiar, diferentes do mundo e dele separados. Seu alimento será preparado não com vistas a estimular a glutonaria ou satisfazer o paladar pervertido, mas para assegurar-lhes maior força física e, conseqüentemente, melhores condições mentais. ... MCP2 378 4 Nosso Pai celestial outorgou-nos a grande bênção da reforma da saúde, para que possamos glorificá-Lo, atendendo às reivindicações que Ele tem sobre nós. ... A ação harmoniosa e salutar de todas as energias do corpo e da mente resulta em felicidade; quanto mais elevadas e aprimoradas as energias, tanto mais pura e perfeita a felicidade. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 50, 51. Influência do regozijo MCP2 378 5 O povo de Deus tem muitas lições a aprender. Terão perfeita paz se mantiverem a mente firme nAquele que é demasiado sábio para errar, e bom demais para lhes fazer dano. Devem eles apanhar o reflexo do sorriso divino, e fazê-lo incidir sobre outros. Devem ponderar quanta luz divina podem levar para a vida dos que os cercam. Devem conservar-se perto de Cristo, tão perto que se assentem junto dEle, como filhinhos Seus, em doce e sagrada união. Não devem jamais esquecer-se de que, recebendo o afeto e o amor de Deus, estão sob a mais solene obrigação de comunicá-lo aos outros. Deste modo poderão exercer uma influência regozijante, que será uma bênção a todos os que estiverem ao seu alcance, iluminando-lhes a vereda. -- Carta 40, 1903; Medicina e Salvação, 45. ------------------------Capítulo 40 -- O corpo afeta a mente Íntima relação entre mente e corpo MCP2 380 1 Há uma íntima relação entre a mente e o corpo, e, a fim de atingir-se uma elevada norma de alcance moral e intelectual, devem ser atendidas as leis que governam nosso ser físico. -- Patriarcas e Profetas, 601 (1890). O esforço mental é afetado pelo vigor físico MCP2 380 2 Devemos procurar preservar o pleno vigor de todas as nossas faculdades, para a realização da obra que está diante de nós. Tudo que abate o vigor físico, enfraquece o vigor mental. Daí, toda a prática desfavorável à saúde do corpo deve ser resolutamente evitada. MCP2 380 3 Diz o grande apóstolo: "Esmurro o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." Não podemos manter a consagração a Deus e ao mesmo tempo prejudicar a saúde pela deliberada condescendência com um hábito errado. A abnegação é uma das condições, não só de admissão ao serviço de Cristo, mas também de nele continuar. O próprio Cristo declarou, em linguagem inequívoca, as condições de discipulado: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." MCP2 381 1 Todavia, quantos que se chamam cristãos estão indispostos a exercer abnegação, mesmo por amor de Cristo! Quantas vezes o amor de alguma condescendência perniciosa é mais forte do que o desejo de ter mente sã em corpo são! Preciosas horas de graça são gastas, recursos concedidos por Deus são esbanjados, para agradar aos olhos ou satisfazer o apetite! O hábito mantém a milhares em cativeiro ao terreno e sensual. Muitos são cativos voluntários; não desejam melhor sorte. -- The Signs of the Times, 1 de Junho de 1882. Poder de discriminar entre o certo e o errado MCP2 381 2 Tudo que nos diminui a força física, enfraquece a mente e a torna menos capaz de discernir entre o bem e o mal. -- Parábolas de Jesus, 346 (1900). Hábitos errados produzem conceitos distorcidos MCP2 381 3 Irmão _____, falas muito em ti mesmo. Vês muitas coisas numa luz pervertida. Suspeitas dos outros, tens grande desconfiança e inveja, e conjecturas o mal. Julgas que todos estão resolvidos a arruinar-te. Muitas dessas provas se originam em ti mesmo. Entendes muitas coisas como se fossem arquitetadas premeditadamente para prejudicar-te, quando isso está longe da verdade real. Pelo teu procedimento errado te impões o maior dos danos. MCP2 381 4 És teu próprio maior inimigo. Teus hábitos errados desequilibram a circulação do sangue e o desviam para o cérebro, e então vês tudo numa luz pervertida. És precipitado e nervoso, e não tens cultivado o domínio próprio. Tua vontade e tuas maneiras te parecem certos. Mas a não ser que vejas os defeitos de teu caráter e branqueies as vestes no sangue do Cordeiro, por certo perderás a vida eterna. Amas a teoria da verdade, mas não permites que ela te santifique a vida. Não praticas no comportamento diário os princípios da verdade que professas. -- Carta 27, 1872. Hábitos físicos afetam o cérebro MCP2 381 5 O cérebro é a cidadela do ser. Maus hábitos físicos afetam o cérebro e impedem a consecução daquilo que os estudantes desejam -- uma boa disciplina mental. A menos que os jovens sejam versados na ciência de como cuidar do corpo assim como da mente, não serão estudantes bem-sucedidos. O estudo não é a causa principal do esgotamento das faculdades mentais. A causa principal é o regime impróprio, refeições irregulares, falta de exercício físico, e desatenção às leis da saúde em outros sentidos. Quando fazemos tudo que podemos para conservar a saúde, podemos então com fé, rogar a Deus que abençoe nossos esforços. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 268, 269 (1913). Pedro e o relacionamento mente-corpo MCP2 382 1 O apóstolo Pedro compreendia a relação entre a mente e o corpo, e ergueu a voz em advertência aos seus irmãos: "Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma." Muitos consideram este texto como advertência contra a licenciosidade, tão-somente; tem, porém, sentido mais amplo. Proíbe toda a satisfação prejudicial, do apetite ou da paixão. Todo apetite pervertido torna-se uma concupiscência que combate contra a alma. O apetite foi-nos dado para um bom propósito, não para tornar-se ministro da morte mediante sua perversão, degenerando assim nas "concupiscências que combatem contra a alma". -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 53, 54 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 167, 168. Mau uso das faculdades físicas desequilibra o sistema nervoso MCP2 382 2 O mau uso de nossas forças físicas abrevia o período de tempo em que nossa vida pode ser usada para a glória de Deus. E nos incapacita para cumprir a obra que Deus nos deu para fazer. Condescendendo com a formação de maus hábitos, recolhendo-nos tarde, satisfazendo o apetite com prejuízo da saúde, pomos os fundamentos da debilidade. Negligenciando os exercícios corporais, fatigando em excesso a mente ou o corpo, desequilibramos o sistema nervoso. MCP2 382 3 Os que assim, desconsiderando as leis naturais, encurtam a vida e se desqualificam para a obra, são culpados de roubo para com Deus. E também estão roubando a seus semelhantes. A oportunidade de abençoar a outros, que é justamente a obra para cuja execução Deus os enviou ao mundo, foi abreviada por seu próprio procedimento. E incapacitaram-se para fazer mesmo aquilo que poderiam ter realizado em espaço de tempo mais breve. O Senhor considera-nos culpados quando por nossos hábitos prejudiciais privamos o mundo do bem. -- Parábolas de Jesus, 346, 347 (1900). A ociosidade enfraquece o poder do cérebro MCP2 383 1 A razão por que os jovens têm tão pouca força cerebral e muscular é fazerem tão pouco na área do trabalho útil. "Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali." Ezequiel 16:49, 50. -- Testimonies for the Church 4:96 (1876). O trabalho manual relaxa a mente MCP2 383 2 O organismo todo precisa da revigoradora influência do exercício ao ar livre. Umas poucas horas de trabalho manual cada dia, serviria para renovar o vigor físico e acalmar e relaxar a mente. -- Testimonies for the Church 4:264, 265 (1896). O banho revigora o corpo e a mente MCP2 383 3 Quer a pessoa esteja enferma ou bem, a respiração é mais livre e fácil se ela toma banho. Por esse meio os músculos tornam-se mais flexíveis, a mente e o corpo se revigoram por igual, o intelecto clareia, e cada uma das faculdades se torna mais viva. -- Testimonies for the Church 3:70 (1872). Repouso e estimulantes MCP2 383 4 Os hábitos físicos errados prejudicam o cérebro, e o organismo todo corre perigo. Há quem procure revigorar os nervos cansados tomando estimulantes, mas isto não removerá o mal. MCP2 383 5 A menos que se faça uma decidida mudança, a menos que haja um inteligente reconhecimento da necessidade de proporcionar ao cérebro repouso em vez de estimulantes, o agente humano perderá o domínio próprio e desonrará a causa de Deus. -- Carta 205, 1904. A mente em pacífico repouso MCP2 384 1 Devemos dedicar mais tempo a humilde, fervorosa oração a Deus, em busca de sabedoria para criar nossos filhos na doutrina e admoestação do Senhor. A saúde mental depende da saúde do corpo. Como pais cristãos, somos obrigados a educar nossos filhos segundo as leis da vida. MCP2 384 2 Em Cristo obterão forças e esperança, e não ficarão perturbados por desassossegados anseios de algo que distraia a mente e satisfaça o coração. Encontraram a Pérola de Grande Preço, e a mente repousa tranqüila. Seus prazeres são de espécie pura, elevada, celestial. Não têm pensamentos angustiosos nem remorsos. Esses prazeres não enfraquecem o corpo nem prostram a mente, mas proporcionam saúde e vigor a ambos. ... MCP2 384 3 Os habitantes do Céu são perfeitos, porque a vontade de Deus é sua alegria e supremo deleite. -- Appeal to Mothers, 20-27. ------------------------Capítulo 41 -- O regime alimentar e a mente O cérebro tem de ser sadio MCP2 385 1 O cérebro é o órgão e instrumento da mente, e controla todo o corpo. A fim de que as outras partes do organismo sejam sadias, deve ser sadio o cérebro. E para que o cérebro seja sadio, deve o sangue ser puro. Se pelos hábitos corretos do comer e do beber o sangue se conserva puro, o cérebro será alimentado de maneira apropriada. -- Special Testimonies, Série B, 15:18, 13 de Abril de 1900; Conselhos Sobre Saúde, 586, 587. O cérebro suprido de vida e forças MCP2 385 2 O organismo humano é uma máquina maravilhosa, mas pode ser abusado. ... A transformação do alimento em sangue bom é um processo maravilhoso, e todos os seres humanos deveriam bem compreender este assunto. ... MCP2 385 3 Cada órgão do corpo colhe sua nutrição para conservar em ação suas diferentes partes. O cérebro tem de receber a sua parte, os ossos a sua. O grande Construtor-Mestre está em atuação a todo momento, alimentando com vida e forças cada músculo e tecido, desde o cérebro até à ponta dos dedos das mãos e dos pés. -- Carta 17, 1895. Resultados de fazer exibicionismo com as leis da natureza MCP2 385 4 Deus concedeu a este povo grande luz, entretanto não somos colocados para além do alcance da tentação. ... Um inválido -- aparentemente muito consciencioso, todavia fanático e presumido -- confessa abertamente seu desprezo das leis da saúde e vida, que a misericórdia divina nos levou a aceitar, como um povo. Seu alimento tem de ser preparado de modo a satisfazer seus mórbidos anseios. Em vez de assentar-se a uma mesa provida de alimento saudável, ele freqüenta restaurantes, porque ali pode sem restrições condescender com o apetite. Fluente advogado da temperança, despreza seus princípios fundamentais. Ele quer alívio mas recusa obtê-lo ao preço da renúncia. MCP2 386 1 Esse homem está prestando culto ao altar do apetite pervertido. É um idólatra. As faculdades que, santificadas e enobrecidas, poderiam ser empregadas para honrar a Deus, são enfraquecidas, pouco serviço prestando. Temperamento irritadiço, cérebro confuso e nervos frouxos são parte do resultado de seu desprezo das leis da Natureza. Ele é ineficiente, indigno de confiança. -- Testimonies for the Church 5:196, 197 (1882). Íntima relação entre o alimento e a mente MCP2 386 2 Em conexão com a ordem de Pedro, de que devemos acrescentar "à temperança a paciência", referi-me [numa pregação] às bênçãos da reforma de saúde, e às vantagens alcançadas pelo uso de apropriadas combinações de alimento simples, nutritivo. Demorei-me na íntima relação que o comer e beber mantêm para com o estado mental e o temperamento. Não podemos correr o risco de contrair um mau temperamento mediante errados hábitos de comer. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1906. A condescendência, maior causa de debilidade mental MCP2 386 3 A condescendência com o apetite é a maior causa da debilidade física e mental e está junto ao alicerce da fraqueza que se patenteia por toda parte. -- Testimonies for the Church 3:487 (1875); Testemunhos Selectos 1:416. Mente confusa devido ao regime impróprio MCP2 386 4 Não devemos prover para o sábado um suprimento mais abundante ou maior variedade de alimento do que nos outros dias. Ao contrário, o alimento deve ser mais simples, devendo-se comer menos, a fim de que a mente esteja clara e vigorosa, para compreender as coisas espirituais. Comer em excesso anuvia o cérebro. Podem-se ouvir as mais preciosas palavras sem apreciá-las, porque a mente está confusa, devido ao regime impróprio. Comendo em excesso no sábado, muitos têm feito mais do que imaginam, para desonrar a Deus. -- Testimonies for the Church 6:357 (1900); Testemunhos Selectos 3:23, 24. Pelo apetite Satanás controla a mente MCP2 387 1 Pelo apetite, Satanás controla a mente e o ser todo. Milhares que poderiam ter vivido, passaram para o túmulo como destroços físicos, mentais e morais, porque sacrificaram todas as suas faculdades à condescendência com o apetite. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 167. Os órgãos digestivos afetam a felicidade da vida MCP2 387 2 Os órgãos digestivos desempenham parte importante na felicidade de nossa vida. Deus nos deu inteligência, para que pudéssemos saber o que usar como alimento. Não devíamos nós, como homens e mulheres ajuizados, analisar se o que comemos é próprio ou irá causar-nos danos? Pessoas que têm azia, possuem em geral má disposição. Tudo parece ser-lhes contrário, e eles são inclinados a tornar-se mal-humorados e irritáveis. Se deve haver paz entre nós, devemos dedicar mais atenção ao caso de ter estômago pacífico. -- Manuscrito 41, 1908; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 112. O vigor mental depende do corpo (conselhos a escritores e ministros) MCP2 387 3 Obedecei aos princípios da reforma de saúde e educai outros a fazerem o mesmo. A saúde da mente é em grande parte dependente da saúde do corpo, e a saúde do corpo é dependente da maneira em que é tratada a máquina viva. Comei unicamente o alimento que mantenha o estômago na mais saudável condição. MCP2 387 4 Precisais aprender mais cabalmente a filosofia do cuidado de si mesmo quanto à questão do regime alimentar. Disponde vosso trabalho de modo que possais ter vossas refeições a horas certas. Tendes de exercer cuidado especial nesta questão. Lembrai-vos de que viver a verdade como é em Jesus, requer muita disciplina própria. -- Carta 297, 1904. Horas irregulares e descuidada desatenção às leis da saúde MCP2 388 1 A mente não se desgasta nem tem colapso tantas vezes por causa de diligente emprego e árduo estudo, como por causa de alimentar-se de alimento impróprio, em ocasiões impróprias, e devido a descuidada desatenção às leis da saúde. ... Horas irregulares das refeições e do sono esgotam as forças do cérebro. O apóstolo Paulo declara que aquele que quiser ter êxito em alcançar alta norma de piedade tem de ser temperante em todas as coisas. Comer, beber, vestir-se -- todos têm influência direta sobre nosso progresso espiritual. -- The Youth's Instructor, 31 de Maio de 1894. Sobrecarregar o estômago enfraquece a mente MCP2 388 2 Devemos estar de sobreaviso contra o comer demais, ainda que sejam os alimentos mais saudáveis. A Natureza não pode usar mais do que se requer para a formação dos vários órgãos do corpo, e o excesso embaraça o organismo. Tem-se suposto haver muito estudante fracassado em virtude do estudo demasiado, quando a causa real foi comer em demasia. Enquanto for dada a devida atenção às leis da saúde, pouco perigo haverá de excesso mental; porém, em muitos casos do que se chama deficiência mental, é a sobrecarga do estômago que fatiga o corpo e debilita o espírito. -- Educação, 205 (1903). A condescendência embota os mais nobres sentimentos do espírito MCP2 388 3 A contemporização com o apetite no comer demasiado é glutonaria. A grande variedade de pratos, muitas vezes tomados numa só refeição, é bastante para produzir um estômago desordenado, e um temperamento também desordenado. Por isso Deus requer de todo ser humano a cooperação com Ele, a fim de que ninguém ultrapasse os limites apropriados excedendo-se no comer, ou participando de alimentos impróprios. Esta condescendência fortalece as propensões animalescas e embota os mais nobres sentimentos da alma. Todo o ser se degrada, e o agente humano torna-se escravo do apetite, mimando suas próprias rasteiras paixões sensuais. -- Manuscrito 113, 1898. Comer em excesso produz mente esquecediça, perda da memória (conselho a um gastrônomo) MCP2 389 1 És um glutão quando à mesa. Esta é uma grande causa de teu esquecimento e perda da memória. Dizes coisas que eu sei teres dito, depois contornas o terreno e afirmas que disseste coisas inteiramente diversas. Eu sabia isto, mas passei-o por alto, como sendo resultado certo do comer demasiado. De que adiantaria falar sobre isto? Não curaria o mal. -- Carta 17, 1895; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 138. Comer demasiado embota as emoções MCP2 389 2 A intemperança no comer, mesmo de alimento saudável, tem uma influência prostradora sobre o organismo e embota as emoções mais agudas e santas. A estrita temperança em comer e beber é altamente necessária para a preservação da saúde e o vigoroso exercício de todas as funções do corpo. MCP2 389 3 Hábitos estritamente temperantes, combinados com o exercício dos músculos assim como da mente, preservarão tanto o vigor mental como o físico, proporcionando poder de resistência aos que se dedicam ao ministério, aos redatores, e a todos os outros de hábitos sedentários. Como um povo, com toda a nossa profissão quanto à reforma da saúde, comemos demasiado. A condescendência com o apetite é a maior causa da debilidade física e mental, e jaz no alicerce da debilidade, que por toda parte se mostra. -- Testimonies for the Church 3:487 (1875); Testemunhos Selectos 1:416. Restringir a variedade de pratos MCP2 389 4 Devemos cuidar de nossos órgãos digestivos, e não impor-lhes grande variedade de alimentos. Quem se empanturra com muitas espécies de alimentos numa só refeição, está causando dano a si próprio. É mais importante que comamos o que se harmoniza conosco do que provarmos de cada prato que é posto diante de nós. Não há em nosso estômago uma porta pela qual ver o que vai lá dentro; assim, devemos usar nossa mente e raciocinar da causa para o efeito. Se vos sentis excitados, parecendo que tudo vai mal, talvez seja porque estais sofrendo as conseqüências de comer grande variedade de alimentos. -- Manuscrito 41, 1908; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 111, 112. O plano de Deus para nós MCP2 390 1 Deus deseja que nós, pela estrita temperança, conservemos a mente clara e aguçada, a fim de que possamos distinguir entre o sagrado e o comum. Devemos esforçar-nos por compreender a maravilhosa ciência da inigualável compaixão e benevolência de Deus. Os que comem demasiado e os que tomam alimentos insalubres, trazem dificuldades sobre si, incapacitando-se para o serviço de Deus. É perigoso comer carne, pois que os animais sofrem de muitas doenças mortíferas. Os que persistem em comer carne sacrificam a espiritualidade ao apetite pervertido. Ficam com o corpo cheio de doença. -- Manuscrito 66, 1901. A atividade intelectual diminuída por um pesado regime de carne MCP2 390 2 As faculdades intelectual, moral e física depreciam-se pelo habitual uso de alimentos cárneos. Comer carne faz correr perigo o organismo, embota o intelecto e amortece as sensibilidades morais. -- Testimonies for the Church 2:64 (1900). O que comemos diminui a atividade intelectual MCP2 390 3 Nós somos compostos daquilo que comemos, e comer muita carne diminui a atividade intelectual. Os estudantes realizariam muito mais em seus estudos se nunca provassem carne. Quando a parte animal do agente humano se fortalece pelo comer carne, as faculdades intelectuais diminuem proporcionalmente. MCP2 390 4 A vida religiosa pode ser alcançada e mantida com mais êxito se for abandonada a carne, pois este regime estimula as atividades intensas, as propensões concupiscentes, e enfraquece a natureza moral e espiritual. "A carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne." Gálatas 5:17. MCP2 390 5 Muito necessitamos animar e cultivar pensamentos puros, castos, e fortalecer as faculdades morais, em vez das faculdades baixas e carnais. Deus nos ajude a despertar de nossos condescendentes apetites! -- Carta 72, 1896; Medicina e Salvação, 277, 278. Comer carne e disposição MCP2 391 1 Em geral, o Senhor não proveu carne a Seu povo no deserto, porque sabia que esse regime suscitaria doença e insubordinação. A fim de modificar a disposição e levar as mais altas faculdades do espírito a exercício ativo, deles tirou a carne de animais mortos. -- Manuscrito 38, 1898; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 375. Conseqüências da carne de porco MCP2 391 2 Não é apenas a saúde física que é prejudicada pelo comer porco. A mente é afetada, e as finas sensibilidades embotadas pelo uso desse pesado artigo de alimentação. -- Healthful Living, 58 (1865); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 493. O comedor imprudente desqualifica-se para aconselhamento MCP2 391 3 O açúcar não é bom para o estômago. Produz fermentação, o que embota o cérebro e deixa a disposição irritadiça. E tem-se demonstrado que, para a saúde do organismo, duas refeições são melhores do que três. MCP2 391 4 Que pena que, tantas vezes, quando se deveria exercer a maior renúncia, o estômago seja abarrotado de uma massa de alimento insalubre, que ali fica a se decompor. O mal do estômago afeta o cérebro. O comedor imprudente não reconhece que se está desqualificando para dar conselhos sábios, desqualificando-se para delinear planos para o maior progresso da obra de Deus. Mas isso é assim mesmo. Ele não sabe discernir as coisas espirituais, e em reuniões de concílio, quando devia dizer Sim e Amém, diz Não. Faz propostas que ficam longe do objetivo. O alimento que tomou lhe embotou o poder do cérebro. MCP2 391 5 A condescendência própria priva o agente humano de testemunhar da verdade. A gratidão que oferecemos a Deus por Suas bênçãos é grandemente afetada pelo alimento posto no estômago. A condescendência com o apetite é causa das dissensões, lutas, discórdias e muitos outros males. Pronunciam-se palavras impacientes e atos descaridosos se praticam, seguem-se costumes desonestos, e manifesta-se paixão -- tudo porque os nervos do cérebro estão enfermiços pelo abuso do estômago abarrotado. -- Manuscrito 93, 1901. O café afeta as faculdades mentais e morais MCP2 392 1 O café é uma satisfação nociva. Estimula temporariamente o cérebro a uma ação desnecessária, mas o efeito posterior é exaustão, prostração, paralisia das faculdades mentais, morais e físicas. A mente fica enervada, e a menos que, mediante esforço resoluto seja o hábito vencido, a atividade do cérebro é permanentemente diminuída. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 34 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 421. O comer errado leva a pensar errado MCP2 392 2 A saúde do corpo deve ser considerada tão necessária ao crescimento na graça como a aquisição de um temperamento calmo. Se o estômago não for bem cuidado, a formação do caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir impróprios também. -- Testimonies for the Church 9:160 (1909); Testemunhos Selectos 3:360. Embotado o alto conceito da expiação MCP2 392 3 Quando seguimos uma linha para diminuir o vigor mental e físico -- no comer, beber, ou em qualquer dos nossos hábitos -- desonramos a Deus, pois roubamos-Lhe o serviço que Ele de nós espera. Quando contemporizamos com o apetite a expensas da saúde, ou quando condescendemos com hábitos que diminuem nossa vitalidade e vigor mental, não podemos ter um alto conceito da expiação, nem uma justa estima das coisas eternas. Quando nossa mente é embotada e parcialmente paralisada pela doença, somos facilmente vencidos pelas tentações de Satanás. -- Carta 27, 1872. Pensar demais no alimento MCP2 392 4 É impossível prescrever por peso a quantidade de alimento que deve ser tomada. Não seria prudente seguir esse processo, pois assim fazendo a mente se torna concentrada em si. Aliás, o comer e beber torna-se por demais uma questão de pensamento. Os que não fazem do ventre um deus resguardarão cuidadosamente o apetite. Usarão alimento simples, nutritivo. ... Comerão lentamente, mastigando cabalmente o alimento. Após a refeição farão exercício apropriado, ao ar livre. Esses não precisam nunca preocupar-se com medir quantidades precisas. MCP2 393 1 Muitos há que têm assumido um pesado sentimento de responsabilidade quanto a quantidade e a qualidade do alimento melhor adaptado para nutrir o organismo. Alguns, especialmente entre os dispépticos, têm-se preocupado tanto com o cardápio, que não se alimentaram o suficiente para nutrir o organismo. Têm feito grande mal à casa em que habitam e, tememos, inutilizaram-se para esta vida. -- Carta 142, 1900. Comer segundo o melhor juízo, e então ficar tranqüilo MCP2 393 2 Há os que estão constantemente ansiosos de que seu alimento, embora simples e saudável, possa fazer-lhes mal. Estes permitam-me dizer: Não pensem que seu alimento lhes faça mal; não pensem nele, absolutamente. Comam segundo o seu melhor discernimento; e tendo pedido ao Senhor que abençoe o alimento, a fim de que lhes fortaleça o corpo, creiam que Ele ouve sua oração, e fiquem sossegados. -- A Ciência do Bom Viver, 321 (1905). Pessoas intemperantes não podem ser pacientes MCP2 393 3 Há fartas razões de existirem tantas mulheres nervosas no mundo, queixando-se de dispepsia, com seu cortejo de males. A causa tem sido acompanhada dos efeitos. É impossível pessoas intemperantes serem pacientes. Precisam primeiro reformar os maus hábitos, aprender a viver saudavelmente, e então não será difícil serem pacientes. MCP2 393 4 Muitos parecem não compreender a relação que a mente mantém para com o corpo. Caso o organismo esteja perturbado por comida imprópria, o cérebro e os nervos são afetados, e pequenas coisas incomodam os que assim sofrem. Dificuldades insignificantes são para eles montanhas de aflição. As pessoas assim situadas são inaptas para criar devidamente seus filhos. Sua vida será assinalada por extremos -- às vezes muito condescendentes, outras severas, censurando por ninharias que não merecem atenção. -- Healthful Living, 4 (1865); Mensagens Escolhidas 2:434. A dispepsia leva à irritabilidade MCP2 394 1 O estômago dispéptico sempre leva à irritabilidade. O estômago ácido leva a um temperamento azedo. Teu corpo tem de ser mantido em sujeição, se queres fazer dele um templo adaptado para a habitação do Espírito Santo. Come com moderação, mesmo dos alimentos saudáveis. Faze exercício moderado, e sentirás que tua vida é de alguma importância. -- Carta 27, 1872. Alimento insalubre estupidifica a consciência MCP2 394 2 Em matéria de reforma da saúde, nosso povo tem estado a regredir. Satanás vê que não pode ter tanto poder sobre as mentes quando o apetite é mantido sob controle, do que quando com ele se condescende, e está constantemente em atividade para levar os homens à contemporização. Sob a influência de alimento insalubre a consciência se estupidifica, a mente se torna obtusa, e desequilibra-se sua susceptibilidade às impressões. ... MCP2 394 3 Verá e sentirá nosso povo o pecado de perverter o apetite? Não descartarão todas as condescendências prejudiciais, destinando os recursos assim poupados à disseminação da verdade? -- Manuscrito 5, 1875. Uma definição de temperança no comer MCP2 394 4 Os princípios de temperança devem ser levados mais longe do que a mera abstenção de bebidas espirituosas. O uso de alimento estimulante e indigesto é, muitas vezes, tão ofensivo à saúde como aquelas, e em muitos casos lançam as sementes da embriaguez. A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. Poucos há que se compenetram, como deviam, de quanto seus hábitos no regime alimentar têm que ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo e seu destino eterno. O apetite deve estar sempre sob a sujeição das faculdades morais e intelectuais. O corpo deve ser o servo da mente, e não a mente a serva do corpo. -- Patriarcas e Profetas, 562. Evitar os extremos MCP2 395 1 Os que entendem as leis da saúde e são governados por princípios, fugirão dos extremos, tanto da condescendência como da restrição. Seu regime é escolhido, não meramente para agradar ao apetite, mas para avigoramento do organismo. Procuram conservar todas as faculdades nas melhores condições para o mais elevado serviço a Deus e aos homens. O apetite acha-se sob o controle da razão e da consciência, e são recompensados com a saúde física e mental. Conquanto não insistam de modo impertinente em seus pontos de vista para os outros, seu exemplo é um testemunho em favor dos princípios corretos. Estas pessoas exercem vasta influência para o bem. -- A Ciência do Bom Viver, 319 (1905). ------------------------Capítulo 42 -- A mente e a saúde A mente controla o homem todo MCP2 396 1 A mente rege o homem todo. Todas as nossas ações, quer sejam boas ou más, originam-se na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. ... Todos os órgãos físicos são servos da mente, e os nervos os mensageiros que transmitem suas ordens a cada parte do corpo, dirigindo os movimentos do mecanismo vivo. ... MCP2 396 2 A operação harmoniosa de todas as partes -- cérebro, ossos e músculos -- é necessária para o completo e salutar desenvolvimento de todo o organismo. -- Special Testimonies on Education, 33 (1897); Fundamentos da Educação Cristã, 426. A energia elétrica vitaliza todo o organismo MCP2 396 3 A energia elétrica do cérebro, suscitada pela atividade mental, vivifica o organismo todo, e assim é de inestimável auxílio na resistência à moléstia. -- Educação, 197 (1909). Poucos reconhecem o poder que a mente tem sobre o corpo MCP2 396 4 Poucos, apenas, reconhecem o poder que a mente tem sobre o corpo. Grande parte das doenças que afligem a humanidade, tem sua origem na mente, e só podem ser curadas pela restauração da mente à saúde. Há muitíssimos mais do que imaginamos que se acham enfermos mentalmente. Doenças da alma fazem muitos dispépticos, pois a enfermidade mental tem uma influência paralisante sobre os órgãos digestivos. -- Testimonies for the Church 3:184 (1872). Vítimas da imaginação enfermiça MCP2 397 1 A mente precisa ser controlada; pois exerce ela uma poderosíssima influência sobre a saúde. A imaginação muitas vezes se extravia e, quando com ela se condescende, traz graves formas de doenças aos por ela afligidos. ... MCP2 397 2 A estação do ano que mais deve ser temida por quem vai para o meio desses inválidos é o inverno. É, de fato, inverno, não somente do lado de fora, mas dentro, para aqueles que são forçados a viver na mesma casa e dormir no mesmo quarto. Essas vítimas de uma imaginação doentia fecham-se dentro de casa e fecham as janelas; pois o ar lhes ataca os pulmões e a cabeça. A imaginação é fértil; temem eles ficar resfriados, e resfriados ficarão. Nenhuma parcela de arrazoado é capaz de convencê-los de que não entendem toda a filosofia do assunto. Não o provaram eles? argüirão. MCP2 397 3 É verdade que provaram um lado da questão -- persistindo em seus próprios caminhos -- e contudo apanham resfriado, caso se exponham o mínimo que seja. Frágeis como os bebês, não podem eles suportar coisa alguma; todavia continuam vivendo, e persistindo em fechar portas e janelas, e a aquecer-se junto a estufa, e se regozijam de sua miséria. MCP2 397 4 Com certeza têm verificado que o seu caminho não lhes tem feito bem, e sim aumentado as suas dificuldades. Por que não permitir que a razão influencie o raciocínio e controle a imaginação? Por que não seguir agora um caminho oposto e, de maneira criteriosa, conseguir exercício e ar fora de casa? -- Testimonies for the Church 2:523-525 (1870); Conselhos Sobre Saúde, 95-97. A mente impede a circulação (conselho a uma alma tímida) MCP2 397 5 Se tens a mente impressionada e fixa na idéia de que o banho te fará mal, a impressão mental se comunica a todos os nervos do corpo. Os nervos controlam a circulação do sangue; portanto o sangue, por causa da impressão mental, é confinado aos vasos sangüíneos, e perdem-se os bons efeitos do banho. Tudo isto se dá porque o sangue é pela mente e a vontade impedido de fluir prontamente e vir à superfície para estimular, despertar e promover a circulação. MCP2 398 1 Suponhamos, por exemplo, que tenhas a impressão de que se tomares banho sentirás frio. O cérebro manda essa informação aos nervos do corpo, e os vasos sanguíneos, em obediência a tua vontade, não podem realizar seu trabalho, e promover uma reação após o banho. -- Testimonies for the Church 3:69, 70 (1872). Fruto de uma mente descuidada, entregue a devaneios (conselho a uma jovem senhora) MCP2 398 2 Tens imaginação doentia. Pensas que estás doente, mas isso é mais imaginário do que real. És desleal a ti mesma. ... Dás a impressão de uma pessoa sem coluna vertebral. Tens te apoiado mais em outros, o que é uma atitude errada para uma senhora manter, em presença de outros. Se tão-somente pensasses ser capaz, poderias andar tão bem, e sentar tão ereta como muitos outros. MCP2 398 3 O estado de tua mente leva à indolência e ao temor do exercício, quando este se havia de demonstrar um dos maiores meios para a recuperação. Nunca te restaurarás a menos que ponhas de lado esse estado mental de devaneios e despertes para agir, para trabalhar enquanto é dia. Trata de agir, tanto como a imaginar e planejar. Volve tua mente de projetos românticos. Misturas com tua religião um sentimentalismo romântico, apaixonado, que não eleva, mas tão-somente rebaixa. Não és só tu a afetada; outros são prejudicados por teu exemplo e influência. -- Testimonies for the Church 2:248, 249 (1869). A saúde sacrificada aos sentimentos (conselho a uma senhora de vontade forte) MCP2 398 4 Querida _____, tens uma imaginação enferma; e desonras a Deus por permitir que teus sentimentos tenham completo controle de teu raciocínio e discernimento. Tens uma vontade inflexível, que leva a mente a reagir sobre o corpo, desequilibrando a circulação e produzindo congestão em certos órgãos; e estás sacrificando a saúde aos teus sentimentos. -- Testimonies for the Church 5:310 (1873). Doença mental causada por línguas não santificadas (comentários sobre o falecimento da esposa de um executivo) MCP2 399 1 A irmã _____ estava tão sucumbida de tristeza que perdeu a razão. Pergunto: Quem, no dia do juízo, será responsável por apagar a luz daquela mentalidade que ainda hoje deveria estar brilhando? Quem será sujeito a prestar contas no dia de Deus pela obra que causou a dor que teve em resultado essa enfermidade? Ela sofreu durante meses, e o esposo sofreu com ela. E agora essa pobre mulher se foi, deixando duas crianças sem mãe. Tudo isto por causa de uma obra feita por línguas não santificadas. -- Manuscrito 54, 1904. A mente sobrecarregada prejudica a saúde MCP2 399 2 Irmãos têm empregado recursos em direitos de patentes e outros empreendimentos, e têm induzido a se interessarem outras pessoas que não podiam resistir à perplexidade e ao cuidado de tais negócios. Sua mente ansiosa, sobrecarregada, afetou seriamente o corpo, já combalido, e elas se entregaram ao desânimo, chegando ao desespero. Perdem toda a confiança em si mesmas, e pensam que Deus as desamparou, não ousando crer que lhes faça misericórdia. -- Testimonies for the Church 1:304, 305; Testemunhos Selectos 1:102. A atividade mental produz saúde MCP2 399 3 Deus quer que Seus servos delegados sejam bons pregadores, e para isto fazerem, têm de ser diligentes estudantes. ... Hábitos estudiosos, um firme apoio do alto, habilitá-los-á para sua posição como ministros do evangelho de Cristo. A atividade mental produzirá saúde, e isto é melhor do que uma mente lenta, desordenada, destreinada. Muitos tornam-se de nenhum valor como ministros, depois de avançados na idade. ... Se tivessem trabalhado o cérebro, seriam frutíferos na velhice. -- Carta 33, 1886. A força elétrica do cérebro resiste a enfermidades MCP2 399 4 A mente dos homens pensantes trabalha demais. Eles freqüentemente usam suas faculdades mentais prodigamente, ao passo que existe outra classe que tem como alvo mais elevado na vida o trabalho físico. Esta última classe não exercita a mente. Exercitam os músculos, enquanto o cérebro é privado da força intelectual, exatamente como a mente dos homens pensantes é trabalhada enquanto o corpo é privado de força e vigor, por sua negligência de dar exercício aos músculos. ... MCP2 400 1 Sua influência para o bem é pequena em comparação com o que poderia ser se usassem o cérebro assim como os músculos. Esta classe cai mais depressa, se atacada pela doença; o organismo é vitalizado pela força elétrica do cérebro, a fim de resistir à doença. -- Testimonies for the Church 3:157 (1872). Descontentes lamentações trazem doença MCP2 400 2 O que traz doença ao corpo e à mente de quase todos, são os sentimentos de descontentamento, e as murmurações de quem está mal satisfeito. Não têm a Deus, não têm aquela esperança que penetra para além do véu, que é como a âncora da alma segura e firme. Todos os que possuem essa esperança hão de purificar-se a si mesmos assim como Ele é puro. Estes se acham livres de desassossegados anseios, murmurações e descontentamento; não estão continuamente esperando o mal e aninhando emprestadas aflições. Vemos, porém, muitos que estão passando antecipadamente por um tempo de angústia; a ansiedade estampa-se em cada feição; parecem não encontrar consolo, e apresentam um aspecto de contínuo temor na expectativa de algum terrível mal. -- Testimonies for the Church 1:566 (1867); Testemunhos Selectos 1:178. Atitude de desassossego, deprimente à saúde (conselho a uma senhora perturbada) MCP2 400 3 O Senhor te tem amor, e cuida de ti, e conquanto teu esposo não esteja sempre ao teu lado, todavia tens excelente companhia justamente no terreno em que está construída tua casa. Não conserves a mente em atitude desassossegada, pois é prejudicial a tua saúde. Deves reconhecer que ninguém é capaz de recompor tua mente a não ser tu mesma, individualmente. MCP2 400 4 Estás disposta demais para olhar sempre ao lado desanimador. Isto tem sido uma fraqueza do teu caráter. Feres tua vivência e dás uma compleição triste à vida de teu esposo. MCP2 400 5 Cismas demais. O que quer que possas fazer para afastar a mente do teu eu individual, em qualquer linha de atividade, faze-o. Deves apreciar o grande dom de Jesus Cristo, dando-Se ao mundo, e poderás esperar que devas exercer muita paz e conforto e amor para manter a mente em perfeita paz. Todo crente deve revestir-se da justiça de Cristo, e essa justiça fala de melhores coisas do que o sangue de Abel. -- Carta 294, 1906. Incapacidade de raciocinar racionalmente MCP2 401 1 Um estudante pode consagrar todas as faculdades à aquisição de conhecimento; mas a menos que possua conhecimento de Deus, a menos que obedeça às leis que lhe governam o ser, destruir-se-á. Mediante hábitos errôneos, perde a faculdade da apreciação de si mesmo; perde o domínio próprio. Não lhe é possível raciocinar acertadamente quanto ao que mais intimamente o interessa. É descuidado e desarrazoado no tratamento da mente e do corpo. Mediante a negligência do cultivo dos princípios justos, arruína-se tanto para este mundo como para o futuro. -- A Ciência do Bom Viver, 450 (1905). Egotismo um estorvo à restauração MCP2 401 2 Um dos mais seguros impedimentos à restauração dos enfermos é o concentrarem a atenção em si mesmos. Muitos inválidos acham que todo o mundo lhes devia mostrar simpatia e dar auxílio, quando o que eles precisam é desviar a atenção de si mesmos e pensar nos outros, e deles cuidar. -- A Ciência do Bom Viver, 256 (1905). Desviar de si mesmo a mente MCP2 401 3 O exercício ajuda o trabalho da digestão. Andar depois da refeição, manter ereta a cabeça, pôr para trás os ombros, e fazer exercício moderado, serão de grande benefício. A mente será desviada de si mesma para as belezas da Natureza. Quanto menos a atenção for chamada para o estômago depois de uma refeição, tanto melhor. Se estás em constante receio de que teu alimento te faça mal, por certo que fará. Esquece-te de ti mesmo e pensa em algo prazenteiro. -- Testimonies for the Church 2:530 (1870). Fazer o bem libera forças positivas MCP2 402 1 O prazer de fazer bem anima o espírito e vibra através de todo o organismo. Enquanto a fisionomia dos homens benevolentes é animada de alegria, e seu semblante exprime a elevação moral do espírito, a dos egoístas e mesquinhos é abatida, descaída e sombria. Seus defeitos morais se manifestam no rosto. -- Testimonies for the Church 2:534; Mensagens aos Jovens, 209. A confiança melhora a saúde MCP2 402 2 Quando os homens que têm condescendido com maus hábitos e práticas pecaminosas se rendem ao poder da verdade divina, a aplicação dessa verdade ao coração faz reviver as energias morais, as quais pareciam paralisadas. O recebedor possui compreensão mais forte e mais clara do que antes de haver ligado sua alma à Rocha eterna. Até sua saúde física melhora pelo senso de sua confiança em Cristo. A bênção especial de Deus, que repousa sobre o recebedor, é por si mesma salutar e revigorante. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 13 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 27. Efeitos tranqüilizadores de condições de trabalho adequadas (conselho a um executivo sobrecarregado) MCP2 402 3 Não me compete a mim delinear-te um definido plano de trabalho. Deves, porém, se possível, trabalhar em algum lugar onde tua mente seja conservada em pleno equilíbrio, onde possas estar em paz e sossego, onde não serás consultado sobre muitas questões. Não te convém ter a supervisão sobre várias coisas. Tua mente não deve ser sobrecarregada. Isso te faria um grande mal. Quando demasiadas perplexidades são cumuladas sobre ti, o sangue corre para a cabeça e cederás a uma intensidade de sentimento que porá em perigo tua saúde. MCP2 402 4 Coloca-te, se possível, em lugar onde tenhas poucos motivos de preocupar-te com o trabalho dos outros. ... Se tomasses sobre ti perplexidades que envolvessem grandes interesses, a confusão resultante de planejar para a direção de muitas coisas não seria para teu próprio bem nem para os melhores interesses da causa de Deus. MCP2 403 1 Os que quiserem colocar sobre ti uma variedade de deveres que requerem a mais cuidadosa administração, cometem um erro. Tua mente precisa estar tranqüila. Deves fazer um trabalho que não produza atrito em tua mente. Deves conservar a consciência no temor de Deus, de acordo com a norma da Bíblia, e deves fazer constante progresso, a fim de que de nenhum modo estejas incapaz para a obra que Deus te confiou. -- Carta 92, 1903. A mente tranqüila é vereda para a saúde MCP2 403 2 A consciência de estar procedendo bem é o melhor remédio para corpos e mentes enfermos. A bênção especial de Deus repousando sobre o recebedor, é saúde e força. A pessoa cuja mente esteja calma e satisfeita em Deus, está na vereda para a saúde. Ter consciência de que os olhos do Senhor estão sobre nós e Seus ouvidos abertos a nossas orações é de fato uma satisfação. Saber que temos um amigo que nunca falha, ao qual podemos confiar todos os segredos da alma é um privilégio que jamais as palavras podem expressar. -- Testimonies for the Church 1:502 (1867). Amor, esperança e alegria, necessários para ter saúde MCP2 403 3 A fim de que tenhamos saúde perfeita nosso coração deve estar cheio de esperança, amor e alegria. -- Special Testimonies, Série A, 15:18, 3 de Abril de 1900; Conselhos Sobre Saúde, 587. Cristo é a resposta MCP2 403 4 Muitos sofrem doenças da alma, muito mais do que doenças do corpo, e só encontram alívio quando vão ter com Cristo, o manancial da vida. Cessarão então as queixas de cansaço, solidão e descontentamento. Alegrias satisfatórias dão vigor à mente, e saúde e energia vital ao corpo. -- Testimonies for the Church 4:579 (1881). ------------------------Capítulo 43 -- A mente e a saúde espiritual Frutos da vida espiritual MCP2 404 1 A vida espiritual empresta a seu possuidor aquilo que todo o mundo busca mas que nunca poderá ser obtido sem inteira entrega a Deus. -- Carta 121, 1904. Corpo, espírito e alma beneficiam da comunhão com Deus MCP2 404 2 Todo o conhecimento e desenvolvimento real têm sua fonte no conhecimento de Deus. Para onde quer que nos volvamos, seja para o mundo físico, intelectual ou espiritual; no que quer que contemplemos, fora a mancha do pecado, revela-se este conhecimento. Qualquer que seja o ramo de investigações a que procedamos com o sincero propósito de chegar à verdade, somos postos em contato com a Inteligência invisível e poderosa que opera em tudo e através de tudo. A mente humana é colocada em comunhão com a mente divina, o finito com o infinito. O efeito de tal comunhão sobre o corpo, o espírito e a alma está além de toda a estimativa. -- Educação, 14 (1903). Amor a Deus, necessário à saúde MCP2 404 3 Deus é o grande zelador do maquinismo humano. Ao cuidarmos de nosso corpo devemos cooperar com Ele. O amor de Deus é necessário à vida e à saúde. -- Special Testimonies, Série B, 15:18, 3 Abril de 1900; Conselhos Sobre Saúde, 587. Saúde do corpo, importante à saúde da alma MCP2 405 1 Deus deseja ser reconhecido como o Autor de nosso ser. A vida que Ele nos deu não é motivo de brincadeira. O descuido dos hábitos do corpo revela descuido do caráter moral. A saúde do corpo deve ser considerada como essencial ao progresso no crescer na graça, e num temperamento uniforme. -- Manuscrito 113, 1898. Boas obras promovem a saúde MCP2 405 2 As boas ações são bênçãos duplas, beneficiando tanto o que pratica como o que é objeto da bondade. A consciência de proceder bem é um dos melhores medicamentos para corpos e mentes enfermos. Quando a mente está livre e satisfeita por um sentimento de dever cumprido e o prazer de proporcionar felicidade a outros, a animadora e nobilitante influência traz vida nova a todo o ser. -- A Ciência do Bom Viver, 257 (1905). A piedade em harmonia com as leis da saúde MCP2 405 3 Os que andam no caminho da sabedoria e santidade observam que "a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir". 1 Timóteo 4:8. São sensíveis aos prazeres reais da vida, e não se perturbam com infundados remorsos de horas desperdiçadas, nem com sombrios presságios, como as pessoas do mundo o fazem, muitas vezes, quando não entretidas por algum divertimento excitante. A piedade não entra em conflito com as leis da saúde, mas está em harmonia com elas. O temor do Senhor é o fundamento de toda verdadeira prosperidade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 14 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 29. Constante luta contra maus pensamentos MCP2 405 4 Que todo aquele que deseja ser participante da natureza divina aprecie o fato de que tem de escapar das paixões que há no mundo. Tem de haver um constante lutar da alma contra as más imaginações da mente. Tem de haver uma firme resistência à tentação de pecar, em pensamento ou ação. A alma tem de ser guardada contra toda mancha, mediante a fé nAquele que é capaz de guardar de tropeços. MCP2 406 1 Devemos meditar sobre as Escrituras, pensar sóbria e candidamente nas coisas que pertencem a nossa salvação eterna. A infinita misericórdia e amor de Jesus, o sacrifício feito em nosso favor, pedem a mais séria e solene reflexão. Devemos demorar o pensamento no caráter de nosso amado Redentor e Intercessor. Devemos procurar compreender o significado do plano da salvação. Devemos meditar na missão dAquele que veio para salvar seu povo de seus pecados. Pela constante contemplação de temas celestiais nossa fé e amor se fortalecerão. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1888. Dano causado à saúde enfraquece as faculdades morais MCP2 406 2 Tudo quanto prejudica a saúde, não somente diminui o vigor físico, como tende a enfraquecer as faculdades mentais e morais. -- A Ciência do Bom Viver, 128 (1905). MCP2 406 3 Desde que o espírito e a alma encontram expressão mediante o corpo, tanto o vigor mental como o espiritual dependem em grande parte da força e atividade física. O que quer que promova a saúde física, promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado. -- Educação, 195 (1903). O corpo um meio para o espírito e a alma MCP2 406 4 É o corpo um meio muito importante pelo qual a mente e a alma se desenvolvem para a formação do caráter. Essa é a razão por que o adversário das almas dirige suas tentações no sentido do enfraquecimento e degradação das faculdades físicas. Seu êxito neste ponto significa muitas vezes a entrega de todo o ser ao mal. As tendências da natureza física, a menos que postas sob o domínio de um poder mais alto, seguramente obrarão ruína e morte. O corpo deve ser posto em sujeição às faculdades mais altas do ser. As paixões devem ser controladas pela vontade que, por sua vez, deve ela mesma estar sob o controle de Deus. O régio poder da razão santificada pela graça divina, deve dominar a vida. MCP2 406 5 Poder intelectual, vigor físico e longevidade dependem de leis imutáveis. Mediante a obediência a essas leis, pode o homem ser um conquistador de si mesmo, conquistador de suas próprias inclinações, conquistador de principados e potestades, dos "príncipes das trevas deste século", e das "hostes espirituais". Efésios 6:12. -- Profetas e Reis, 488, 489. Energia vital comunicada à mente pelo cérebro MCP2 407 1 O Senhor deseja que nossa mente seja clara e aguda, capaz de ver em Sua Palavra e serviço pontos importantes, cumprindo Sua vontade, confiando em Sua graça, trazendo para Sua causa uma consciência clara e espírito agradecido. Esta espécie de alegria promove a circulação do sangue. Energia vital é pelo cérebro transmitida à mente; por isso o cérebro não deve ser nunca obscurecido pelo uso de narcóticos ou excitado tomando estimulantes. Cérebro, ossos, músculos devem ser postos em ação harmoniosa, a fim de que todos atuem como máquinas bem reguladas, cada uma das partes agindo em harmonia com as outras, sem que nenhuma delas seja sobrecarregada. -- Carta 100, 1898. A dispepsia torna incerta a vida religiosa MCP2 407 2 Os princípios da reforma de saúde deveriam ser introduzidos na vida de todo cristão. Homens e mulheres que desrespeitam esses princípios não estão em condições de oferecer a Deus uma devoção pura, vigorosa, pois o estômago dispéptico ou o fígado lerdo fazem da vida religiosa uma incerteza. MCP2 407 3 Comer a carne de animais tem efeito danoso sobre a espiritualidade. Quando a carne se faz o prato principal, as faculdades mais elevadas são subjugadas pelas paixões baixas. Estas coisas são ofensa a Deus e são causa de um declínio na vida espiritual. -- Carta 69, 1896. Fazer o bem é o melhor remédio MCP2 407 4 A consciência de fazer o bem é o melhor remédio para corpos e espíritos enfermos. A bênção especial de Deus que recai sobre o recebedor é saúde e força. A pessoa cuja mente esteja calma e satisfeita em Deus está no trilho da saúde. ... MCP2 407 5 Há os que não reconhecem que é um dever religioso disciplinar a mente a demorar-se em assuntos aprazíveis para que possam refletir luz em vez de sombras e trevas. Esta espécie de mentes ou se empenhará em buscar seu próprio prazer, em conversas frívolas, rindo e gracejando, e a mente constantemente ocupada com um círculo de entretenimentos; ou se sentirão deprimidos, tendo grandes provas e conflitos mentais, que eles julgam apenas poucos terem jamais experimentado ou entenderem. Essas pessoas podem professar cristianismo mas iludem sua própria alma. Não possuem o artigo genuíno. -- História da Redenção, Março 1872. Trabalhar pela alma assim como pelo corpo MCP2 408 1 Nossos obreiros médicos devem fazer tudo que está em seu poder para curar doenças do corpo, e também doenças mentais. Devem vigiar e orar e trabalhar, levando vantagens espirituais assim como físicas àqueles pelos quais trabalham. O médico, em nossas casas de saúde, tem uma obra intensamente interessante para fazer por todo humano sofredor com quem é levado a ter contato. Não deve perder nenhuma oportunidade de encaminhar almas para Cristo, o Grande Médico do corpo e da mente. Todo médico deve ser hábil obreiro em atividades segundo Cristo. Não deve haver diminuição no interesse pelas coisas espirituais, do contrário será desviado o poder de fixar a mente no Grande Médico. -- Carta 223, 1905. O médico que lida com mentes e corações desviados MCP2 408 2 O médico precisa mais do que sabedoria e poder humanos a fim de que saiba como ajudar nos muitos casos complexos de enfermidade da mente e do coração para os quais ele é chamado. Se for ignorante do poder da graça divina, não poderá ajudar o enfermo, mas sim agravará a dificuldade; se, porém, tem firme apego a Deus, será capaz de ajudar a mente desviada e enferma. Estará em condições de encaminhar seus pacientes a Cristo e ensiná-los a levar todos os cuidados e perplexidades para o grande Portador de Fardos. -- Testimonies for the Church 5:444 (1885). Cristo ilumina a mente MCP2 409 1 O médico não deve nunca levar os pacientes a fixar a atenção nele mesmo. Deve ensiná-los a apanhar, com a trêmula mão de fé, a estendida mão do Salvador. Então a mente se lhe iluminará com a luz que irradia da Luz do mundo. -- Carta 120, 1901. A verdade tem poder suavizante MCP2 409 2 O suavizante poder da verdade pura, visto, atuante e mantido em todos os seus efeitos, é de um valor que linguagem alguma é capaz de expressar ao povo que sofre alguma enfermidade. Mantém sempre diante dos sofredores doentes a compaixão e ternura de Cristo, e desperta-lhes a consciência, levando-os a crer em Seu poder de aliviar o sofrimento, e levando-os a ter fé e confiança nEle, o Grande Médico, e terás ganho uma alma, e muitas vezes uma vida. -- Carta 69, 1898; Medicina e Salvação, 234, 235. A religião verdadeira ajuda a restauração à saúde (palavras a hóspedes do sanatório, que assistiam ao culto na igreja local) MCP2 409 3 Cristo é nosso Grande Médico. Muitos homens e mulheres vêm a esta instituição médica [Sanatório de Santa Helena] com a esperança de receber tratamento que lhes prolongue a vida. Para aqui chegar, sujeitam-se a considerável incômodo. MCP2 409 4 Por que não pode todo aquele que vem ao sanatório em busca de auxílio físico, vir para junto de Cristo em busca de auxílio espiritual? Por que não haveis meu irmão, minha irmã, de manter a esperança de que, aceitando a Cristo, Ele juntará Sua bênção aos agentes empregados para a restauração da saúde? Por que não terdes fé bastante para crer que Ele cooperará com os vossos esforços para a restauração, porque quer que sareis? Deseja Ele que tenhais mente clara, de modo a poder apreciar as realidades eternas; Ele deseja que tenhais nervos e músculos sadios de modo a poderdes glorificar Seu nome, usando ao Seu serviço vossas forças. -- Manuscrito 80, 1903. Conselho a pessoa inclinada a ter sentimentos melancólicos MCP2 409 5 É teu dever mover guerra aos pensamentos opressivos e sentimentos melancólicos, da mesma forma que é dever teu orar. É teu dever atuar contra os instrumentos do inimigo, manter firme o freio a tua língua, bem como aos teus pensamentos. De todas as ocasiões em tua vida em que mais precisas um suprimento de graça, é quando os sensíveis e inflamados órgãos digestivos estão em operação e estás acabrunhado e exausto. MCP2 410 1 Podes ficar surpreso ao ouvir isso, mas é uma espécie de blasfêmia estar constantemente irritado e irritar os outros por tuas críticas e observações sombrias. Esses acessos de indigestão são probantes, mas firma o freio, resolvido a não praguejar diante dos que são teus melhores amigos, ou dos que são inimigos teus. -- Carta 11, 1897. Certeza da aprovação de Deus MCP2 410 2 A certeza da aprovação de Deus promove a saúde física. Fortalece a alma contra a dúvida, a perplexidade e excessiva mágoa que tantas vezes minam as forças vitais e induzem doenças nervosas de espécie muito debilitante e aflitiva. O Senhor empenhou Sua inquebrantável palavra de que Seus olhos estão sempre sobre os justos e Seus ouvidos atentos a sua oração. -- Lar sem Sombras, 270, 271. Relação entre pecado e doença MCP2 410 3 Existe uma relação, indicada por Deus, entre pecado e doença. Médico algum poderá clinicar por um mês que seja, sem ver isso ilustrado. Pode ele ignorar o fato; pode ter a mente tão ocupada com outros assuntos que não lhe dê atenção; se ele, porém, for observador honesto, não poderá deixar de reconhecer que pecado e doença têm mutuamente a relação de causa e efeito. O médico deve ser ligeiro em ver isso e agir de acordo. MCP2 410 4 Uma vez ganha a confiança do doente, aliviando-lhe os sofrimentos e salvando-o na beira da sepultura, pode ele ensinar-lhe que a doença é resultado do pecado e que é o inimigo caído que procura induzi-lo a práticas destruidoras da saúde e da alma. Pode ele impressionar-lhe a mente com a necessidade de negar-se a si mesmo e obedecer às leis da vida e saúde. Na mente dos jovens, em especial, pode ele incutir princípios retos. MCP2 411 1 Deus ama Suas criaturas com um amor terno e forte ao mesmo tempo. Ele estabeleceu leis da Natureza, mas Suas leis não são arbitrárias exigências. Cada "Não farás", quer na lei física quer na moral, contém ou envolve uma promessa. Se é obedecida, bênçãos seguirão os nossos passos; se é desobedecida, o resultado é perigo e infelicidade. As leis de Deus destinam-se a conduzir Seu povo para mais perto dEle. Ele os salvará do mal e os levará ao bem, se se deixarem guiar, mas forçá-los Ele nunca fará. Não podemos discernir os planos de Deus, mas temos de confiar nEle e mostrar nossa fé pelas obras. -- Testimonies for the Church 5:444, 445 (1885). O evangelho, cura para as doenças originadas pelo pecado MCP2 411 2 Quando o evangelho é recebido em sua pureza e poder, é uma cura para as moléstias originadas pelo pecado. O Sol da Justiça ergue-Se trazendo "cura nas Suas asas". Malaquias 4:2. Todos os recursos do mundo não podem curar um coração quebrantado, nem comunicar paz de espírito, nem remover o cuidado, nem banir a enfermidade. A fama, o gênio, o talento -- são todos impotentes para alegrar um coração dolorido ou restaurar uma vida arruinada. A vida de Deus na alma, eis a única esperança do homem. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). O céu é todo saúde MCP2 411 3 O ponto de vista defendido por alguns, de que a espiritualidade é prejudicial à saúde, é sofisma de Satanás. A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde, seja do corpo ou da mente. A influência do Espírito de Deus é o melhor remédio para as doenças. O Céu é todo saúde; e quanto mais profundamente forem sentidas as influências celestiais, mais certa será a recuperação do crente inválido. Os verdadeiros princípios do cristianismo abrem perante todos uma fonte de inestimável felicidade. A religião é um manancial contínuo, do qual o cristão pode beber à vontade e jamais secar a fonte. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 13 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 28. Religião, a verdadeira ciência de cura MCP2 412 1 É a religião um princípio do coração, e não uma palavra mágica, ou artifício da mente. Olha tão-somente para Jesus. Esta é tua única esperança e a única esperança de teu esposo, de alcançar a vida eterna. Esta é a verdadeira ciência de cura para o corpo e a alma. A mente não deve concentrar-se em qualquer ser humano, mas em Deus. -- Carta 117, 1901. O amor ao Redentor afasta as emanações pútridas MCP2 412 2 A mente é enevoada pela malária sensual. Os pensamentos precisam ser purificados. Que não teriam sido os homens e mulheres se tivessem reconhecido que o tratamento do corpo tem tudo que ver com o vigor e a pureza da mente e do coração! MCP2 412 3 O verdadeiro cristão obtém uma experiência que promove a santidade. Ele está sem uma mancha de culpa na consciência, ou um laivo de corrupção na alma. A espiritualidade da lei de Deus, com seus princípios limitadores, são incluídos em sua vida. A luz da verdade ilumina-lhe vivamente o entendimento. Um brilho de perfeito amor ao Redentor afasta as emanações pútridas que se interpuserem entre sua alma e Deus. A vontade de Deus tornou-se a sua vontade -- pura, elevada, refinada e santificada. Seu semblante revela a luz do Céu. Seu corpo é um adaptado templo para o Espírito Santo. A santidade adorna-lhe o caráter. Deus pode comungar com ele, pois alma e corpo estão em harmonia com Deus. -- Carta 139, 1898; The S.D.A. Bible Commentary 7:909. O amor de Cristo, poder vitalizante MCP2 412 4 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). ------------------------Capítulo 44 -- Leis que governam a mente O homem, criado com mente perfeitamente equilibrada MCP2 415 1 O Senhor, no princípio, fez o homem reto. Foi criado com a mente perfeitamente equilibrada, sendo o tamanho e a força de todos os órgãos perfeitamente desenvolvidos. Adão era um tipo perfeito de homem. Cada uma das qualidades da mente achava-se bem proporcionada, cada qual tendo um encargo distinto, e no entanto todos dependentes uns dos outros para o pleno e apropriado uso de qualquer deles. -- Testimonies for the Church 3:72 (1872). O criador ordenou leis para a mente MCP2 415 2 Aquele que criou a mente e estabeleceu suas leis, providenciou para o seu desenvolvimento de acordo com aquelas leis. -- Educação, 41 (1903). As grandes leis de Deus MCP2 415 3 Há grandes leis que governam o mundo da Natureza, e as coisas espirituais são controladas por princípios igualmente certos. Os meios para determinado fim têm de ser empregados, se é que se hão de alcançar os resultados desejados. Deus designou a todo homem a sua obra, de acordo com sua habilidade. É pela educação e a prática que as pessoas devem ser habilitadas a enfrentar qualquer emergência que possa surgir, e é necessário um planejar sábio para colocar cada um em sua própria esfera para que possa obter uma experiência que o faça apto para assumir responsabilidades. -- Testimonies for the Church 9:221, 222 (1909). A transgressão das leis da natureza é pecado MCP2 416 1 A contínua transgressão das leis da Natureza é uma contínua transgressão da lei de Deus. O atual peso de sofrimento e angústia que vemos por toda parte, a atual deformidade, decrepitude, doenças e imbecilidade que agora inundam o mundo, tornam-no, em comparação com o que poderia ser e Deus designou que fosse, um hospital; e a geração atual é débil quanto ao poder mental, moral e físico. Toda esta miséria tem-se acumulado geração após geração, porque o homem caído transgride a lei de Deus. Pecados da maior magnitude são cometidos pela condescendência com o apetite pervertido. -- Testimonies for the Church 4:30 (1876). A transgressão interrompe a harmonia MCP2 416 2 O mesmo poder que mantém a Natureza, opera também no homem. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o átomo, dirigem a vida humana. As leis que presidem à ação do coração, regulando o fluxo da corrente da vida no corpo, são as leis da Inteligência todo-poderosa, as quais presidem às funções da alma. DEle procede toda a vida. Unicamente em harmonia com Ele poderá ser achada a verdadeira esfera daquelas funções. Para todas as coisas de Sua criação, a condição é a mesma: uma vida que se mantém pela recepção da vida de Deus, uma vida exercida de acordo com a vontade do Criador. Transgredir Sua lei, física, mental ou moral, corresponde a colocar-se o transgressor fora da harmonia do Universo, ou introduzir discórdia, anarquia e ruína. -- Educação, 99, 100 (1903). O efeito, com toda a certeza segue a causa MCP2 416 3 Em virtude das leis de Deus em a Natureza, os efeitos seguem as causas com certeza invariável. A colheita testifica da semeadura. Nisto não se admitem simulações. Os homens podem enganar seus semelhantes, e receber louvor e recompensa pelos serviços que não prestaram. Mas quanto à Natureza não poderá haver engano. Contra o lavrador infiel a ceifa profere sentença condenatória. E no mais alto sentido isto é verdade também no mundo espiritual. MCP2 417 1 É na aparência e não na realidade que o mal é bem-sucedido. O menino vadio que foge da escola, o jovem preguiçoso em seus estudos, o caixeiro ou aprendiz que deixa de servir aos interesses de seu patrão, o homem que em qualquer negócio ou profissão é infiel para com as suas mais altas responsabilidades, pode lisonjear-se de que esteja a adquirir vantagens enquanto o mal estiver oculto. De fato, nada ganha com isto, antes se está defraudando a si próprio. A ceifa da vida é o caráter, e é este que determina o destino tanto para esta como para a vida futura. -- Educação, 108, 109 (1903). Poder do engano próprio MCP2 417 2 Temível é o poder do engano de si mesmo na mente humana! -- Testimonies for the Church 4:88 (1976). A mente tem o poder de descriminar MCP2 417 3 O espírito humano é dotado da faculdade de descriminar entre a vontade e o erro. É o desígnio de Deus que não se decidam por impulso, mas pelo peso da evidência, comparando cuidadosamente passagem com passagem. Houvessem os judeus posto à margem seus preconceitos, e comparado as profecias escritas com os fatos que caracterizavam a vida de Jesus, e teriam percebido uma bela harmonia entre as profecias e seu cumprimento na vida e ministério do humilde Galileu. -- O Desejado de Todas as Nações, 458 (1898). As mentes disciplinadas têm aumentado poder de retenção MCP2 417 4 Os hábitos de negligência devem ser vencidos resolutamente. Muitos apresentam o esquecimento como desculpa suficiente para os erros mais crassos. Não possuem, porém, tanto como outros, faculdades mentais? Por isso devem educar a mente a ser retentiva. É pecado esquecer; é pecado ser negligente. Se formardes o hábito da negligência, podereis negligenciar a salvação da própria alma, e finalmente verificareis que não estais preparados para o reino de Deus. -- Parábolas de Jesus, 358, 359 (1900). A mente se adapta às dimensões do que é familiar MCP2 417 5 É uma lei da mente que esta se contrai ou se dilata em proporção àquilo com que se familiariza. A menos que se ocupem vigorosa e persistentemente com a tarefa de examinar a verdade, as faculdades mentais certamente se contrairão, perdendo sua capacidade de compreender os profundos significados da Palavra de Deus. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1888; Fundamentos da Educação Cristã, 127. A mente adapta-se àquilo que lhe ocupa o pensamento MCP2 418 1 É lei do espírito adaptar-se ele gradualmente aos assuntos de que é ensinado a ocupar-se. Se ele se ocupa apenas com coisas comuns, tornar-se-á definhado e enfraquecido. Se nunca lhe é exigido atracar-se com problemas difíceis, quase perderá depois de algum tempo a faculdade de crescimento. MCP2 418 2 Com força educativa, a Bíblia é sem rival. Na Palavra de Deus a mente encontra assunto para os mais profundos pensamentos, para as mais elevadas aspirações. A Bíblia é a história mais instrutiva que os homens possuem. Ela proveio em seu frescor da fonte da verdade eterna, e uma mão divina tem preservado sua pureza através de todos os séculos. MCP2 418 3 Ali se desvendam os grandes problemas do dever e do destino. O véu que separa o mundo visível do invisível, ergue-se, e contemplamos o conflito das forças opostas do bem e do mal, desde a entrada do pecado, a princípio, até o triunfo final da justiça e da verdade; e tudo não é senão uma revelação do caráter de Deus. Na contemplação reverente das verdades apresentadas em Sua Palavra, a mente do estudante é levada em comunhão com a mente infinita. Tal estudo não somente purificará e enobrecerá o caráter, mas também não poderá deixar de expandir e vigorar as faculdades mentais. -- Patriarcas e Profetas, 596, 597 (1890). Pela contemplação somos transformados MCP2 418 4 É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação nos transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. Jamais se levantará o homem acima de sua norma de pureza, de bondade ou de verdade. Se o eu é o seu mais alto ideal, nunca atingirá ele qualquer coisa mais elevada. Antes, cairá constantemente. A graça de Deus unicamente tem poder para soerguer o homem. Abandonado a si mesmo, seu caminho invariavelmente será em direção descendente. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 555 (1888). A lei do desejo substituído MCP2 419 1 Grande mal é ocasionado pela falta de firmeza e decisão. Sei de pais que dizem: Você não pode ter isto ou aquilo, e então cedem, julgando que tenham sido estritos demais, e dão à criança justamente a mesma coisa que a princípio haviam recusado. Assim é infligido um prejuízo que perdura por toda a vida. É importante lei da mente -- lei que não deve ser passada por alto -- que quando um objeto é negado com tanta firmeza que remova toda a esperança, o espírito logo deixará de almejá-lo e se ocupará em outros interesses. Mas enquanto houver qualquer esperança de obter o objeto desejado, far-se-á um esforço para alcançá-lo. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882; Orientação da Criança, 283, 284. As convicções buscam expressão MCP2 419 2 É uma lei de Deus que todo aquele que crê na verdade como esta é em Jesus, torná-la-á conhecida. As idéias e convicções da mente do indivíduo, procurarão expressão. Todo aquele que nutre a descrença e a crítica, todo aquele que se julga capaz de julgar a atuação do Espírito Santo, difundirá o espírito de que é animado. Faz parte da natureza da descrença, da infidelidade e da resistência à graça de Deus, fazerem-se sentidas e ouvidas. A mente movida por esses princípios está sempre se esforçando para abrir um caminho para si, e obter adeptos. Todo aquele que anda ao lado de um apóstata será imbuído de seu espírito no sentido de partilhar com outros os seus pensamentos, e o resultado de suas próprias investigações, e os sentimentos que lhe motivam as ações; pois não é coisa fácil reprimir os princípios sob os quais agimos. -- Special Testimonies, Série A, 6:39, 6 de Julho de 1896; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 290, 291. A expressão fortalece pensamentos e sentimentos MCP2 419 3 É uma lei da natureza que nossas idéias e sentimentos sejam animados e fortalecidos ao lhes darmos expressão. Ao passo que as palavras exprimem pensamentos, é também verdade que estes seguem aquelas. Se expressássemos mais a nossa fé, mais nos regozijássemos nas bênçãos que sabemos possuir -- a grande misericórdia e o amor de Deus -- teríamos mais fé e maior alegria. Língua alguma pode traduzir, nenhuma mente conceber a bênção que resulta de apreciar as bondades e o amor de Deus. Mesmo na Terra podemos fruir alegria como uma fonte, inesgotável, porque se nutre das correntes que emanam do trono de Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 251-253 (1905). A mente tem o direito de escolha MCP2 420 1 Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercê-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em nós o querer e o perfazer, segundo o Seu beneplácito. Assim, nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo. -- A Ciência do Bom Viver, 176 (1905). MCP2 420 2 O tentador jamais nos poderá compelir a praticar o mal. Não pode dominar as mentes, a menos que se submetam a seu controle. A vontade tem de consentir, a fé largar sua segurança em Cristo, antes que Satanás possa exercer domínio sobre nós. Mas todo desejo pecaminoso que nutrimos lhe proporciona um palmo de terreno. Todo ponto em que deixamos de satisfazer a norma divina, é uma porta aberta pela qual pode entrar para nos tentar e destruir. E todo fracasso ou derrota de nossa parte, dá-lhe ocasião de exprobrar a Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 125 (1898). O homem, livre agente moral MCP2 420 3 Para suscitar a rebelião na raça decaída, [Satanás] representou agora a Deus como injusto por ter permitido ao homem transgredir a Sua lei. "Por que", disse o ardiloso tentador, "permitiu Deus que o homem fosse posto à prova, para pecar, e trazer a miséria e a morte, quando Ele sabia qual seria o resultado?"... MCP2 421 1 Milhares existem hoje repercutindo a mesma queixa revoltosa contra Deus. Não vêem que o despojar o homem da liberdade de escolha seria privá-lo de sua prerrogativa de um ser inteligente, e fazer dele um mero autômato. Não é propósito de Deus coagir a vontade. O homem foi criado como ser moral livre. Como os habitantes de todos os outros mundos, devia ser sujeito à prova da obediência; mas nunca é levado a uma posição tal em que render-se ao mal se torne coisa forçosa. Nenhuma tentação ou prova se permite vir àquele que é incapaz de resistir. Deus nos proveu de tão amplos recursos, que o homem jamais ter-se-ia encontrado na contingência de ser derrotado no conflito com Satanás. -- Patriarcas e Profetas, 331, 332 (1890). O presente afeta decisões futuras MCP2 421 2 Todo o teu futuro será influenciado para o bem ou para mal pelo caminho que escolhas agora. -- Carta 41, 1891. Vantagem de levar a depender de si MCP2 421 3 Deus nunca pretendia que uma mente humana ficasse sob o completo controle de outra. ... Os que fazem seu objetivo educar seus alunos de tal modo que vejam e sintam que está em si o poder de tornar-se homens e mulheres de princípios firmes, habilitados para qualquer posição na vida, são os mais úteis e permanentemente bem-sucedidos professores. A observadores descuidados, o seu trabalho pode parecer não representar a maior vantagem, e podem seus trabalhos não ser avaliados tanto quanto o do professor que por absoluta autoridade domine a mente e a vontade dos alunos; mas a vida futura dos alunos mostrará os frutos do melhor plano de educação. -- Testimonies for the Church 3:134 (1872). Mente não controlada enfraquece MCP2 421 4 As faculdades mentais devem ser desenvolvidas ao máximo; devem ser fortalecidas e enobrecidas mediante o demorar-se em verdades espirituais. Se a mente é permitida ocupar-se quase inteiramente em coisas frívolas e em negócios comuns da vida cotidiana, ela, de acordo com uma de suas invariáveis leis, tornar-se-á débil e frívola, e deficiente em poder espiritual. -- Testimonies for the Church 5:272 (1885). Preconceito impede o elucidamento MCP2 422 1 Os que permitem que o preconceito ponha na mente uma barreira contra a recepção da verdade, não podem receber a iluminação divina. No entanto, ao ser apresentado um ponto de vista das Escrituras, muitos não perguntam: Isto é verdade -- está em harmonia com a Palavra de Deus? mas: Por que é defendido? e a menos que venha pelo mesmo instrumento que lhes agrada, não o aceitam. Tão plenamente satisfeitos estão com suas próprias idéias que não examinarão a evidência escriturística com o desejo de aprender, antes recusam ser interessados, meramente devido aos seus preconceitos. -- Gospel Workers, 125, 126 (1893); Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 125, 126. A felicidade depende do perfeito acordo com as leis de Deus MCP2 422 2 Sendo a lei do amor o fundamento do governo de Deus, a felicidade de todos os seres criados depende de sua perfeita harmonia com seus grandes princípios de justiça. Deus deseja de todas as Suas criaturas serviço de amor -- homenagem que brote de uma apreciação inteligente de Seu caráter. Ele não tem prazer em uma submissão forçada, e a todos confere vontade livre, para que possam prestar-Lhe serviço voluntário. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 493 (1888). ------------------------Capítulo 45 -- Individualidade Individualidade, um poder MCP2 423 1 Cada ser humano, criado à imagem de Deus, é dotado de uma certa faculdade própria do Criador -- a individualidade -- faculdade esta de pensar e agir. Os homens nos quais se desenvolve esta faculdade, são os que arrostam responsabilidades, que são os dirigentes nos empreendimentos e que influenciam nos caracteres. -- Educação, 17 (1903). Cada qual tem uma individualidade distinta MCP2 423 2 O evangelho trata com indivíduos. Cada ser humano tem uma alma a ser salva ou a perder. Cada qual tem uma individualidade separada e distinta de todas as outras. Cada um tem de estar convencido por si mesmo, e convertido por si mesmo. Tem de receber a verdade, arrepender-se, e obedecer por si mesmo. Tem de exercer sua vontade por si próprio. Ninguém pode fazer esta obra por procuração. Ninguém pode submergir sua individualidade na de outro. Cada qual tem de, por sua própria ação, render-se a Deus e ao ministério da piedade. -- Manuscrito 28, 1898. Unidade na diversidade MCP2 423 3 É plano do Senhor que haja unidade na diversidade. Não existe um homem que possa servir de critério a todos os outros homens. Nossos vários encargos são proporcionados a nossas várias capacidades. Fui expressamente instruída de que Deus dotou os homens de diferentes graus de capacidade e então os coloca onde possam fazer a obra para a qual se acham habilitados. Cada obreiro deve dar a seus coobreiros o respeito que deseja lhe seja concedido. -- Carta 111, 1903. A mente dos homens difere MCP2 424 1 Por que precisamos de um Mateus, um Marcos, um Lucas, um João, um Paulo e todos esses outros autores que apresentaram seu testemunho acerca da vida do Salvador durante Seu ministério terrestre? Por que não poderia um dos discípulos ter escrito um relatório completo, dando-nos assim um concatenado registro da vida e obra de Cristo? MCP2 424 2 Os evangelhos diferem, todavia neles o registro se une num todo harmonioso. Um autor apresenta pontos que outro não apresenta. Se esses pontos são essenciais, por que não os mencionam todos os autores? É porque a mente dos homens difere e não compreendem as coisas exatamente da mesma maneira. Algumas verdades apelam muito mais fortemente ao espírito de uma classe de pessoas do que a outros; alguns pontos se afiguram muito mais importantes a alguns do que a outros. O mesmo caso se aplica aos oradores. Alguns oradores se demoram em considerações longas sobre pontos que os outros tocam apenas ou nem os mencionam. Assim a verdade é apresentada mais claramente por vários do que por um só. -- Manuscrito 87, 1907. Não deve ser destruída a individualidade MCP2 424 3 O Senhor não deseja que nossa individualidade seja destruída; não é Seu desígnio que quaisquer duas pessoas sejam exatamente iguais nos gostos e disposições. Todos têm característicos que lhe são particulares, e estes não se devem destruir, mas educar, moldar, afeiçoar segundo a semelhança de Cristo. O Senhor dirige as aptidões e capacidades naturais em sentido proveitoso. No aperfeiçoamento das faculdades dadas por Deus, o talento e a capacidade se desenvolvem se o instrumento humano reconhecer o fato de que todas as suas faculdades são dom de Deus, para serem empregadas, não para fins egoístas, ... mas para glória de Deus e bem de nossos semelhantes. -- Carta 20, 1894; Nossa Alta Vocação, 88. Cada criança com sua individualidade MCP2 425 1 Pode a criança ser tão disciplinada que, como o animal, não tenha vontade própria, perdendo-se a sua individualidade na do mestre. ... Tanto quanto possível, deve cada criança ser ensinada a ter confiança em si mesma. Pondo em exercício as várias faculdades, aprenderá onde é mais forte e em que é deficiente. O instrutor sábio dará especial atenção ao desenvolvimento dos traços mais fracos, para que a criança possa formar um caráter bem equilibrado e harmonioso. -- The Review and Herald, 10 de Janeiro de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 57. O casamento não destrói a individualidade MCP2 425 2 Nem o marido nem a esposa devem pensar em exercer governo arbitrário um sobre o outro. Não intentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sede bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus podeis ter êxito em vos fazerdes mutuamente felizes, como prometestes no voto matrimonial. -- A Ciência do Bom Viver, 361 (1905). Marido e mulher devem preservar a individualidade (conselho a casados recentes) MCP2 425 3 Em vossa união vitalícia, vossas afeições deverão ser tributárias à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a vosso respeito. MCP2 425 4 Mas, ao mesmo tempo que vos deveis unir em um só ser, nenhum de vós deverá perder na do outro, sua própria individualidade. Deus é o dono de vossa individualidade. A Ele deveis perguntar: Que é direito? Que é errado? Como poderei eu melhor cumprir o propósito de minha criação? "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. MCP2 425 5 Vosso amor ao que é humano deve ser secundário ao vosso amor a Deus. A força de vossa afeição deve refluir para Aquele que deu a vida por vós. Vivendo para Deus, a alma faz convergir nEle suas melhores e mais elevadas afeições. É para Aquele que morreu por vós, a maior manifestação do vosso amor? Se assim for, vosso amor mútuo será segundo o plano do Céu. -- Testimonies for the Church 7:45, 46 (1902); Testemunhos Selectos 3:95, 96. MCP2 426 1 Nós temos uma individualidade particular nossa, e a individualidade da esposa nunca deve imergir na do esposo. -- Manuscrito 12, 1895. A consagração aformoseia a individualidade MCP2 426 2 A vida consagrada ao serviço de Deus se desenvolverá e embelezará em sua individualidade. Pessoa alguma pode imergir sua individualidade na de outro, mas todos nós, como indivíduos somos enxertados no tronco-pai, e aí haverá unidade na diversidade. O grande Artista-Mestre não fez duas folhas da mesma árvore exatamente iguais; assim Seu poder criador não dá a todas as mentes a mesma semelhança. São criadas para viver através dos séculos sem fim, e deve haver completa unidade, mente se amalgamando com mente; mas não existem duas do mesmo molde. -- Manuscrito 116, 1898. Deus dá a cada um uma obra individual MCP2 426 3 As coisas do mundo natural devem ser consideradas, e sua lição aplicada à vida espiritual, ao crescimento espiritual. A todo homem, Deus -- não o homem -- deu sua obra. Esta é uma obra individual -- a formação de um caráter segundo a semelhança divina. Não deve o lírio porfiar por ser semelhante à rosa. Há distinções na formação das flores e nos frutos, mas todos derivam de Deus sua variedade peculiar. Todos pertencem ao Senhor. Assim é o propósito de Deus que mesmo os melhores dentre os homens não tenham todos as mesmas qualidades. -- Manuscrito 116, 1898. Respeito mútuo MCP2 426 4 Todos nós temos uma obra a fazer. Podemos ter nacionalidades diversas, mas todos devemos ser um em Cristo. Se permitirmos que peculiaridades de caráter e disposição nos separem aqui, como podemos esperar viver juntos no Céu? Devemos nutrir amor e respeito mútuos. Tem de haver entre nós a unidade pela qual Cristo orou. Fomos comprados por preço, e devemos glorificar a Deus em nosso corpo e nosso espírito. -- Manuscrito 20, 1905. Completo fracasso quando copiamos outros MCP2 427 1 O homem que procure seguir os moldes do caráter de qualquer outro homem, fracassará por completo. Toda pessoa deve esperar de Deus o cuidado de si, negociando com conscienciosa fidelidade com os talentos que Deus lhe confiou. "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. É em vós, irmão, em vós; não em algum outro por vós. Vós deveis ter uma experiência individual. Então tereis alegria em vós mesmos, e não em outro. -- Manuscrito 116, 1898. Cada mente tem sua força particular MCP2 427 2 Dói-me ver o pouco valor atribuído a homens a quem o Senhor usou como instrumentos, e a quem Ele ajudará ainda. Não permita Deus que a mente de um homem siga o conduto mental de outro homem. A mentalidade de determinado homem pode ser, por alguns, exaltada como sendo em todos os pontos superior, porém cada mentalidade tem sua fraqueza particular. A mentalidade de um homem suprirá a deficiência do outro. Mas se todos operam sob o mesmo jugo e lhes for incutido ânimo para não esperarem que os homens os orientem quanto ao seu dever, mas sim Deus -- então se desenvolverão sob a guia do Espírito Santo, e atuarão em harmonia com seus irmãos. Um suprirá as faltas do outro. -- Carta 50, 1897. Não moldar mentes alheias MCP2 427 3 Deus deu a todo homem sua responsabilidade individual. "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor." Não compete ao homem desenvolver a salvação de qualquer outro homem. Não deve ele tornar-se o carbono da mentalidade de qualquer outro homem. É-lhe requerido agir segundo sua capacidade, de acordo com a habilidade que Deus lhe deu. Nenhum homem, seja qual for sua experiência, seja qual for sua posição, deve julgar que realizou uma obra maravilhosa quando amolda e modela a mente de qualquer ser humano segundo sua própria mentalidade e o ensina a expor os sentimentos que ele possa expressar. Isto se tem feito repetidamente, em prejuízo de seres humanos. -- Manuscrito 116, 1898. Não ser uma sombra de outros MCP2 428 1 Oh, quanto os obreiros precisam que o espírito de Jesus os mude e amolde como o barro se amolda nas mãos do oleiro! Uma vez tendo esse espírito, não haverá entre eles nenhum espírito de divergência; ninguém será tão estreito que queira que tudo se faça segundo a sua maneira, tudo conforme a suas idéias; não haverá sentimento desarmonioso entre ele e seus coobreiros-irmãos que não alcancem a sua norma. O Senhor não quer que qualquer de Seus filhos seja a sombra de outros; mas deseja Ele que cada qual seja simplesmente sua própria pessoa, aprimorada, santificada, enobrecida, imitando a vida e o caráter do grande Modelo. O espírito estreito, ensimesmado, exclusivista que tudo guarda dentro dos limites do próprio eu tem sido um malefício à causa de Deus, e sempre será, onde quer que se lhe permita existir. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1886. Ninguém deve submergir a mente MCP2 428 2 Deus permite a todo ser humano exercer sua individualidade. Não deseja Ele que ninguém submerja a mente na mente de um semelhante mortal. Os que desejam ser transformados na mente e no caráter não devem atentar para os homens, mas para o divino Exemplo. Deus faz o convite: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Pela conversão e transformação devem os homens receber os sentimentos de Cristo. Cada qual deve permanecer diante de Deus com sua fé individual, sua individual experiência, sabendo por si mesmo que Cristo, a esperança da glória, está formado no íntimo. Imitarmos nós o exemplo de qualquer homem -- mesmo alguém a quem considerássemos de caráter quase perfeito -- seria o mesmo que pôr nossa confiança num defeituoso ser humano, alguém incapaz de comunicar um jota ou til de perfeição. -- The Signs of the Times, 3 de Setembro de 1902. Regras para mentalidades fortes MCP2 429 1 É bom que o irmão e a irmã _____, e irmão e irmã _____ tenham mentalidade forte. Cada qual deve manter sua individualidade. Cada um deve preservar uma individualidade que não se submerja na individualidade de outro. Nenhum ser humano deve ser a sombra de outro ser humano. Os servos de Deus devem trabalhar juntos, em uma unidade que harmonize mente com mente. -- Carta 44, 1903. Medição individual MCP2 429 2 Homem algum pode crescer, em lugar de outro, até a plena estatura de varão. Cada qual tem de, por si mesmo, alcançar sua medida individual. Cada um deve crescer sob a supervisão de Deus. -- Manuscrito 116, 1898. Nenhum ser humano partilha plenamente sua vida interior MCP2 429 3 Encarada em seu lado humano, a vida é para todos um caminho ainda não experimentado. É uma senda em que, no que respeita às nossas mais profundas experiências, cada qual tem de andar sozinho. Nenhum outro ser humano pode penetrar completamente em nossa vida íntima. Ao iniciar a criança aquela jornada em que, mais cedo ou mais tarde, deverá escolher seu procedimento, por si decidindo para a eternidade os lances da vida, quão ardoroso deve ser o esforço para encaminhar sua confiança para o seguro Guia e Auxiliador! -- Educação, 255 (1903). O caráter é individual MCP2 429 4 O caráter é coisa individual. Cada um de nós tem uma obra a fazer, para o tempo e a eternidade. Deus aborrece a indiferença com respeito à formação do caráter. -- Carta 223, 1903. Reconhecer os direitos humanos MCP2 429 5 Uma das altíssimas aplicações desses princípios [reconhecimento da responsabilidade pessoal] encontra-se no reconhecimento dos direitos do homem quanto a si mesmo, para o controle da própria mente, a mordomia de seus talentos, o direito de receber e comunicar o fruto de seu próprio trabalho. Força e poder só estarão em nossas instituições à medida em que, em todo o seu relacionamento com os semelhantes, reconheçam esses princípios unicamente se em seu trato derem ouvido à instrução da Palavra de Deus. -- Testimonies for the Church 7:180 (1902). Confiança em Cristo MCP2 430 1 Toda alma tem sua individualidade. Toda alma tem de viver a cada hora, em comunhão com Cristo; pois diz Ele: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. Seus princípios devem ser nossos princípios; pois esses princípios são verdade eterna, proclamada em justiça, bondade, misericórdia e amor. -- Carta 21, 1901. Preservar a individualidade, na vivência cristã MCP2 430 2 Ensinai toda alma a largar-se nos braços do poder infinito. Há na vivência cristã uma individualidade que tem de ser preservada em todo agente humano, e essa responsabilidade não pode ser removida de nenhuma alma. Cada qual tem suas próprias batalhas a ferir, sua própria experiência cristã a ganhar, independente, em alguns aspectos, da experiência de qualquer outra alma; e Deus tem lições que cada um deve aprender por si mesmo, as quais nenhum outro pode aprender em seu lugar. -- Manuscrito 6, 1889. ------------------------Capítulo 46 -- Relações humanas Lei da dependência mútua MCP2 431 1 Nós nos achamos todos entretecidos na grande trama da humanidade, e o que quer que possamos fazer para beneficiar e elevar a outrem, refletirá em bênçãos a nós mesmos. A lei da dependência recíproca vigora em todas as classes da sociedade. -- Patriarcas e Profetas, 534, 535 (1890). Os seres humanos feitos necessários uns aos outros MCP2 431 2 No plano de Deus os seres humanos foram feitos necessários uns aos outros. Se todos fizessem o máximo ao seu alcance para ajudar os que se encontram em necessidade de seu auxílio, de sua abnegada simpatia e amor, que bendita obra seria feita! Deus confiou talentos a cada um. Esses talentos devemos empregar para ajudar-nos mutuamente a andar no caminho estreito. Nesse trabalho cada um está ligado ao outro, e todos estão unidos a Cristo. É mediante serviço abnegado que aperfeiçoamos e aumentamos nossos talentos. -- Carta 115, 1903; Nossa Alta Vocação, 180. Ajudando a outros, ajudamo-nos a nós mesmos MCP2 431 3 Muitos estão em trevas. Perderam seu rumo. Não sabem que procedimento adotar. Procurem os que estão em perplexidade outros nessas condições e dirijam-lhes palavras de esperança e animação. Ao começarem a fazer este trabalho, a luz do Céu revelar-lhes-á a senda que devem seguir. Por suas palavras de consolação aos aflitos, eles mesmos serão consolados. Ajudando a outrem, eles mesmos serão ajudados a sair de suas dificuldades. A alegria toma o lugar das sombras e tristezas. O coração, pleno do Espírito de Deus, brilha com calor intenso para com todos os seres semelhantes. Cada um desses não permanece mais em trevas; pois sua "escuridão" será "como o meio-dia". -- Manuscrito 116, 1902; The S.D.A. Bible Commentary 4:1151. Nossa influência contínua MCP2 432 1 Nós mantemos uma soleníssima relação uns com os outros. Nossa influência é sempre ou a favor ou contra a salvação de almas. Estamos ou juntando com Cristo, ou espalhando por volta. Devemos andar humildemente e fazer retas veredas, para que não desviemos outros do caminho certo. MCP2 432 2 Devemos observar a mais estrita castidade, em pensamento, na palavra e no comportamento. Lembremo-nos de que Deus põe nossos pecados secretos à luz do Seu rosto. Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, os quais molestam mesmo o melhor dos homens; mas se eles não são acalentados, se são repelidos como odiosos, a alma não se mancha com culpa, e nenhuma outra pessoa é desonrada por sua influência. Oh! que cada um de nós se possa tornar um cheiro de vida para vida aos que nos cercam! -- The Review and Herald, 27 de Março de 1888. Longo alcance dos efeitos da influência MCP2 432 3 Talvez nunca venhamos a saber, até ao juízo, a influência de um procedimento bondoso, cortês, para com os incoerentes, desarrazoados e indignos. Se, depois de uma série de provocações e injustiças da parte deles, ainda os tratais como faríeis a uma pessoa inocente, esforçando-vos mesmo para lhes mostrar especiais atos de bondade, então desempenhastes o papel de um cristão, e eles ficam surpresos e envergonhados, e vêem seu procedimento e mesquinhez mais claramente do que se, para repreendê-los, expusésseis seus atos agressivos. -- Carta 20, 1892; Medicina e Salvação, 209, 210. A descortesia e sua influência MCP2 433 1 As boas qualidades que muitos possuem acham-se ocultas e, em vez de atrair almas para Cristo, eles as repelem. Caso essas pessoas pudessem ver a influência de suas maneiras descorteses e rudes expressões, sobre os incrédulos, e quão ofensiva é tal conduta aos olhos de Deus, haviam de reformar seus hábitos; pois a falta de cortesia é uma das maiores pedras de tropeço para os pecadores. Cristãos egoístas, azedos, queixosos, barram o caminho, de modo que os pecadores não se interessam em aproximar-se de Cristo. -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1885; Nossa Alta Vocação, 227. Sede amáveis MCP2 433 2 Que Cristo seja visto em tudo que fazeis. Vejam todos que sois vivas epístolas de Jesus Cristo. ... Sede amáveis. Que vosso viver conquiste o coração de todos os que cheguem em contato convosco. Presentemente muito pouco se está fazendo para tornar a verdade atraente aos outros. -- Manuscrito 6, 1889. Cada ato uma influência MCP2 433 3 Cada palavra que proferis, cada ato que praticais, tem para com os que convosco se associam uma influência para bem ou para mal; e, oh! quão necessário é que, pela fé, tenhais a Cristo habitando em vosso coração, a fim de que vossas palavras sejam palavras de vida, e vossas obras, atos de amor. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1888. Responsável pela influência MCP2 433 4 Deus tem cada um responsável pela influência que o circunda, por conta própria e por conta de outrem. Ele convida os jovens, rapazes e moças, a serem estritamente temperantes e conscienciosos no uso de suas faculdades da mente e do corpo. Suas capacidades só podem ser desenvolvidas por diligente uso e sábio emprego de suas faculdades, para a glória de Deus e benefício dos semelhantes. -- Carta 145, 1897. Circundados de uma atmosfera de fé MCP2 433 5 É para nós de suma importância que circundemos a alma com a atmosfera de fé. Cada dia estamos decidindo nosso próprio destino eterno em harmonia com a atmosfera que circunda a alma. Somos individualmente responsáveis pela influência que exercemos, e conseqüências que não vemos resultarão de nossas palavras e ações. MCP2 434 1 Se Deus tivesse salvo Sodoma por amor de dez pessoas justas, qual seria a influência para o bem resultante da fidelidade do povo de Deus, se cada um que professasse o nome de Cristo fosse também revestido de Sua justiça? MCP2 434 2 Se Deus pôde dizer onde morava Simão o latoeiro e designar sua ocupação, instruindo definidamente o centurião quanto a como encontrá-lo em sua casa junto ao mar, Ele também nos conhece por nome, sabe qual nossa ocupação ou negócio, onde vivemos e quais nossas experiências. Ele sabe se estamos limpando a estrada do Rei, de todo o entulho e impedimentos, de maneira que possa acenar nossa alma para a frente e para o alto, ou se estamos enchendo o trilho com entulho e bloqueando nosso próprio caminho, pondo pedras de tropeço na vereda dos pecadores, para estorvar a salvação de almas preciosas pelas quais Cristo morreu. -- Manuscrito 66, 1895. Trato com disposições várias MCP2 434 3 O Senhor quer que sejamos santificados. Teremos de lidar com pessoas de disposições várias, e devemos estar em condições de saber como tratar com mentes humanas. Temos de pedir a Cristo que nos dê palavras que sejam uma bênção. E ao assim procurarmos ajudar a outros, seremos nós mesmos abençoados. -- Manuscrito 41, 1908. Obra importantíssima MCP2 434 4 Esta obra [corrigir malfeitos] é a mais delicada e mais difícil, jamais confiada a seres humanos. Requer o mais delicado tato, a mais fina susceptibilidade, conhecimento da natureza humana, e uma fé e paciência oriundas do Céu, dispostas a trabalhar e vigiar e esperar. É uma obra que nada sobrelevará em importância. -- Educação, 292 (1903). Trabalho delicado, lidar com mentalidades MCP2 435 1 Coisa muito delicada é lidar com mentes humanas. Podes ficar em atitude severa, e nunca jamais abrandar-lhes o coração; ou podes aproximar-te da alma aflita e, de coração repleto de amor, desviá-la do campo de batalha do inimigo, não a impelindo para aí e deixando-a como joguete das tentações de Satanás. -- Carta 102, 1897. Cada qual tem provas peculiares MCP2 435 2 Não podemos correr o risco de ser, de qualquer modo, um empecilho a outrem. Cada qual tem suas tentações e provas particulares, e nós devemos estar em condições onde possamos ajudar a fortalecer os tentados. Devemos animar e, se possível, erguer os que estão fracos na fé. Falando das promessas de Deus, podemos às vezes remover a depressão da mente dos que estão em provas e dificuldades. -- Manuscrito 41, 1908. Conselho a uma esposa acerca de relacionamentos pessoais MCP2 435 3 Sou instruída pelo Senhor a dizer-te: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão." Lucas 13:24. O Senhor te pede que fiques bem junto a Ele. Fales como se fosse Ele falando, e procede como Ele procederia. Não deixes que ninguém te induza a mente a ter preconceito e te leve a falar inadvertidamente. Conserva pura e clara a alma, e os pensamentos elevados e santificados. Não louves ou exaltes pessoas para prejuízo delas, tampouco sejas apressada em condenar aqueles que julgas não estarem agindo sabiamente. Deixa que todos vejam que amas a Jesus e nEle confias. Dá ao esposo e aos amigos crentes e descrentes, provas de que desejas que eles vejam a formosura da verdade. Mas não mostres essa aflitiva, acabrunhadora ansiedade que muitas vezes estraga uma boa obra. -- Carta 145, 1900. Compreensão cristã MCP2 435 4 Os que fazem o máximo de seus privilégios e oportunidades são, no sentido bíblico, homens educados e talentosos; não meramente eruditos, mas educados no intelecto, nas maneiras, no comportamento. São finos, delicados, piedosos, afetuosos. Isto, o Senhor me mostrou, é o que Ele requer do Seu povo. Deus nos deu faculdades para serem usadas, e serem, pela educação, desenvolvidas e fortalecidas. Devemos raciocinar e refletir, notando cuidadosamente a relação entre causa e efeito. Praticado isto, haverá, da parte de muitos, maior consideração e cuidado quanto às palavras e atos, de modo que possam plenamente atender ao propósito de Deus ao criá-los. -- Manuscrito 59, 1897. A franqueza estimula a confiança (conselho a um médico) MCP2 436 1 Se houvesse muito mais franqueza e menos reserva, se se animasse a fraternal confiança, se houvesse muito menos do próprio eu, e mais do espírito de Cristo, se tivesses uma viva fé em Deus, a nuvem que foi por Satanás lançada através do ambiente mental seria afastada. -- Carta 97, 1898. Reformadores, não fanáticos MCP2 436 2 O único objetivo a ser conservado em mente é que sois reformadores, não fanáticos. Ao tratardes com descrentes, não demonstreis um espírito mesquinho, porque se vos detiverdes lutando por uma quantia pequenina, no fim perdereis muito mais. Eles dirão: "Aquele homem é trapaceiro; ele vos logrará, se conseguir fazê-lo; portanto, cuidado quando tiverdes de realizar qualquer negócio com ele." MCP2 436 3 Mas se em um negócio, uma insignificância em vosso favor for posta em benefício de alguém, esse alguém trabalhará convosco segundo o mesmo plano generoso. Mesquinhez gera mesquinhez; avareza gera avareza. Os que seguem este procedimento não vêem quão desprezível ele se afigura aos outros, especialmente aos não de nossa fé; e a preciosa causa da verdade traz a marca deste defeito. -- Carta 14, 1887; Evangelismo, 90, 91. Sede íntegros MCP2 436 4 Em todos os nossos negócios, onde quer que estejamos, devemos ser perfeitamente leais. Não podemos expor-nos ao risco de quebrantar um dos mandamentos de Deus por amor do ganho secular. Quem somos nós? Cristo disse aos discípulos: "Vós sois o sal da Terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens." -- Manuscrito 50, 1904. A honestidade, essencial MCP2 437 1 Em todos os pormenores da vida devem ser mantidos os mais estritos princípios de honestidade. Não são estes os princípios que governam o mundo, pois Satanás -- o enganador, mentiroso e opressor -- é o patrão, e seus súditos o seguem e executam seus propósitos. Os cristãos, porém, servem sob um Senhor diferente, e seus atos têm de ser efetuados segundo Deus, independentemente de todo o ganho egoísta. MCP2 437 2 O desvio da perfeita honestidade nos negócios pode, na estima de alguns, ser coisa de pouca monta, mas não a considerava assim o nosso Salvador. Suas palavras, nesta questão, são claras e explícitas: "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito." Lucas 16:10. O homem que assim lograr o próximo, em pequena escala, logrará em escala maior se a tentação lhe vier. Uma falsa representação em questão de pouca monta, tanto é desonestidade à vista de Deus como a falsidade em assuntos de mais importância. MCP2 437 3 No mundo cristão de hoje é praticada a fraude em medida pavorosa. O povo de Deus, observador dos mandamentos, deve mostrar que está acima de todas essas coisas. As práticas desonestas que mancham o trato dos homens com os seus companheiros, não devem jamais ser praticadas por alguém que professe crer na verdade presente. O povo de Deus causa à verdade grave prejuízo pelo menor desvio da integridade. MCP2 437 4 Um homem pode não ter um exterior agradável, pode ser deficiente em muitos respeitos, mas se tem a reputação de ser honesto, íntegro, ele será respeitado. A inflexível integridade cobre muitos traços de caráter objetáveis. O homem que perseverantemente pratique a verdade, ganhará a confiança de todos. Não só confiarão nele os irmãos na fé, mas os descrentes serão constrangidos a reconhecê-lo como homem de honra. -- Carta 3, 1878. Inflexível integridade, qual ouro puro MCP2 437 5 Os servos de Deus são obrigados a estar mais ou menos relacionados com os mundanos por transações comerciais, mas devem comprar e vender lembrados de que os olhos de Deus estão sobre eles. Nada de balanças falsas ou pesos fraudulentos deve ser usado, pois esses são uma abominação para o Senhor. Em cada uma das transações comerciais deve o cristão ser justamente o que ele quer que seus irmãos julguem ele seja. Seu procedimento é presidido por princípios subjacentes. Ele não usa de astúcia; por isso nada tem que esconder, coisa alguma a disfarçar com verniz. MCP2 438 1 Pode ele ser criticado, pode ser testado, mas sua inflexível integridade rebrilhará qual ouro puro. Ele é uma bênção a todos os ligados a ele, pois sua palavra é digna de confiança. É homem que não se aproveita do vizinho. E amigo e benfeitor de todos, e seus companheiros confiam em seu conselho. Emprega ele trabalhadores para colher sua seara? Seu dinheiro, arduamente ganho, não é fraudulosamente retido. Possui dinheiro para o qual não tem uso imediato? Ele alivia as necessidades de seu irmão menos afortunado. Não procura acrescentar terras às que já tem, nem enche os bolsos prevalecendo-se das penosas circunstâncias em que se encontra o próximo. Seu objetivo é servir de auxílio e bênção ao próximo. MCP2 438 2 O homem verdadeiramente honesto jamais se prevalecerá da fraqueza ou incompetência alheia para rechear os bolsos. Ele aceita o justo equivalente daquilo que vende. Se há defeitos nos artigos que vende, ele o diz francamente ao irmão ou próximo, embora assim agindo possa estar procedendo contrariamente aos próprios interesses pecuniários. -- Carta 3, 1878. Compreender a humanidade MCP2 438 3 Aquele que procura transformar a humanidade deve compreender ele próprio a humanidade. Unicamente pela simpatia, fé e amor podem os homens ser atingidos e enobrecidos. Neste ponto Cristo Se revela o Mestre por excelência; de todos os que viveram sobre a Terra, somente Ele tem perfeita compreensão da alma humana. -- Educação, 78 (1903). MCP2 438 4 É uma ciência o trabalho com os que parecem especialmente fracos. Se queremos ensinar a outros, primeiro precisamos nós mesmos aprender de Cristo. Carecemos de ampla visão, para que possamos fazer verdadeiro trabalho missionário médico, mostrando tato ao lidar com mentalidades. MCP2 439 1 Os que na realidade estão em menos necessidade de auxílio, são os que provavelmente receberão a maior atenção nossa. Precisamos, porém, demonstrar especial sabedoria ao lidar com os que parecem descorteses, imprevidentes. Há os que não compreendem a santidade da obra de Deus. Os de menos habilidade, os ingratos, e mesmo os indolentes, demandam cuidado especial, atenções e oração. Precisamos ter tato ao tratar com os que parecem ignorantes e distraídos. Por esforço perseverante em seu favor temos de ajudá-los a tornar-se úteis na obra do Senhor. Corresponderão de pronto ao interesse paciente, terno e amorável. MCP2 439 2 Devemos cooperar com o Senhor Jesus em restaurar à inteligência e pureza os ineficientes e erradios. Esta obra iguala em importância a obra do ministério evangélico. Somos por Deus chamados a manifestar incansável, paciente interesse na salvação daqueles que carecem de polimento divino. -- Carta 113, 1905; Medicina e Salvação, 209. Não discutir sobre ressentimentos MCP2 439 3 "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." Quem os chama assim? Todos os seres celestiais. Portanto, não animeis nenhuma alma tentada a falar-vos sobre ressentimentos de um irmão ou amigo. Dizei-lhes que não desejais ouvir suas palavras de censura e maledicência, porque vosso Conselheiro vos diz em Sua Palavra que, se deixardes de provocar lutas e vos tornardes pacificadores, sereis bem-aventurados. Dizei-lhes que essa é a bênção que ansiais receber. MCP2 439 4 Por amor de Cristo, não faleis nem penseis mal. Possa o Senhor nos ajudar a não só ler a Bíblia, mas praticar seus ensinamentos. O agente humano que é fiel em sua obra, que une amabilidade com poder, justiça com amor, causa regozijo entre os seres celestiais e glorifica a Deus. Porfiemos fervorosamente por ser bons e fazer o bem, e receberemos a coroa da vida, a qual é imarcescível. -- Manuscrito 116, 1898. Trabalhando com outros e por eles MCP2 440 1 Quando a luz resplandece na alma, alguns dos que pareciam mais entregues ao pecado se tornarão obreiros de êxito em favor de pecadores da mesma espécie que eles antes foram. Mediante a fé em Cristo, alguns se erguerão a elevadas posições de serviço, e ser-lhes-ão confiadas responsabilidades na obra de salvar almas. Eles vêem onde jaz sua própria fraqueza, compreendem a depravação de sua natureza. Conhecem a força do pecado, e do mau hábito. Avaliam sua incapacidade para vencer sem o auxílio de Cristo, e seu constante clamor é: "Sobre Ti lanço minha desamparada alma." -- A Ciência do Bom Viver, 179 (1905). Tratai gentilmente MCP2 440 2 Não tratemos de trabalhar nós mesmos ou outros, mas confiemos no Espírito Santo. Tratai gentilmente com os seres humanos. Com o coração tomado de ternura espiritual, insinuai-vos nos corações convencidos, fazendo-os derreter-se. Sejam vossas palavras imersas no óleo celestial, provindo dos dois ramos da oliveira. Necessitamos que o óleo áureo seja esvaziado em vasos preparados, a fim de que ele seja comunicado aos que estão a procurar a verdade. Lembrai-vos sempre de que "não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos". -- Carta 200, 1899. ------------------------Capítulo 47 -- Higiene mental As faculdades mentais dependem da saúde MCP2 441 1 A saúde é uma bênção da qual poucos apreciam o valor; todavia, dela depende grandemente a eficiência de nossas faculdades físicas e mentais. Nossos impulsos e paixões têm no corpo sua sede, e o mesmo deve ser conservado nas melhores condições físicas e sob as mais espirituais influências, a fim de nossos talentos serem empregados para os mais elevados fins. Tudo quanto diminui a resistência física enfraquece a mente, tornando-a menos capaz de discernir entre o direito e o erro. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1912; Mensagens aos Jovens, 235. Todas as faculdades podem ser cultivadas MCP2 441 2 Muitos não estão fazendo a maior quantidade de bem porque exercitam o intelecto em determinada direção e negligenciam dar cuidadosa atenção às coisas para as quais julgam não se adaptar. A algumas faculdades que são fracas permite-se que continuem adormecidas, porque o trabalho que as despertaria para a ação, e conseqüentemente lhes proporcionaria força, não é agradável. Todas as faculdades da mente devem ser postas em ação, cultivadas todas as faculdades. A percepção, o discernimento, a memória, e todas as faculdades de raciocínio devem ter força igual para que a mente seja bem equilibrada. -- Testimonies for the Church 3:32, 33 (1872); Testemunhos Selectos 1:293. Não negligenciar as faculdades débeis MCP2 442 1 É agradável, mas não muito proveitoso, exercitar as faculdades que por natureza são as mais fortes, ao passo que negligenciamos as que são débeis, mas necessitam ser fortalecidas. As faculdades mais fracas devem receber cuidadosa atenção a fim de que todas as faculdades do intelecto possam ser devidamente equilibradas e todas façam sua parte, qual máquina bem regulada. MCP2 442 2 Somos dependentes de Deus quanto a preservação de todas as nossas faculdades. Os cristãos estão para com Ele na obrigação de treinar a mente de tal forma que todas as faculdades sejam fortalecidas e mais plenamente desenvolvidas. Se isso negligenciarmos fazer, elas nunca realizarão o propósito para o qual se destinam. Não temos o direito de negligenciar qualquer das faculdades que Deus nos concedeu. MCP2 442 3 Vemos monomaníacos por toda parte do país. Freqüentemente são sadios em todos os assuntos menos um. A razão disto está em que um órgão [parte] da mente foi especialmente exercitado ao passo que se permitiu aos outros que continuassem adormecidos. Aquele que foi posto em constante uso tornou-se gasto e enfermiço, e o homem se tornou um destroço. Deus não foi glorificado por adotar ele esse procedimento. Tivesse ele posto em uso todos os órgãos por igual, todos teriam tido um desenvolvimento sadio; não teria sido todo o trabalho lançado sobre um só, e portanto nenhum teria baqueado. -- Testimonies for the Church 3:33, 34 (1872); Testemunhos Selectos 1:294. Alvos estimulam a mente MCP2 442 4 Deveis também ter um alvo, um propósito na vida. Não havendo propósito, vem a disposição à indolência; mas havendo em vista um objetivo suficientemente importante, todas as faculdades da mente entrarão em espontânea atividade. Para fazer da vida um êxito, os pensamentos têm de fixar-se firmemente no objetivo da vida, não os deixando a vagar e ocupar-se com coisas de somenos importância, ou satisfazer-se com ociosos devaneios, que são fruto da fuga da responsabilidade. Estar a construir castelos deprava a mente. -- Testimonies for the Church 2:429 (1870). Estômago sobrecarregado enfraquece as faculdades mentais MCP2 443 1 Em geral não se ensinam as crianças com respeito à importância de quanto, como e o que devem comer. Permite-se-lhes condescender livremente com os seus gostos, comer a todas as horas, servir-se de frutas quando estas lhes tentam os olhos, e isto, juntamente com tortas, bolos, pão e manteiga, e doces comidos quase constantemente, torna-os glutões e dispépticos. Os órgãos digestivos, qual um moinho que estivesse trabalhando continuamente, tornam-se debilitados, a força vital é chamada do cérebro para ajudar o estômago em sua sobrecarga, enfraquecendo-se assim as faculdades mentais. O estímulo desnatural e o desgaste das forças vitais tornam-nos nervosos, impacientes quando refreados, voluntariosos e irritadiços. -- História da Redenção, 5 (1877); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 181. Desenvolvimento, resultado do esforço MCP2 443 2 Deve-se ensinar às crianças que, tanto o desenvolvimento das faculdades físicas como mentais, repousa sobre elas; é resultado do esforço. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882; Orientação da Criança, 206. Leis imutáveis MCP2 443 3 Hábitos físicos corretos promovem a superioridade mental. Faculdade intelectual, força física e longevidade dependem de leis imutáveis. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 28 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 29. A mente se fortalece sob tratamento correto MCP2 443 4 Todos os dias homens que ocupam posição de responsabilidade, têm de tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. É-lhes preciso com freqüência pensar rapidamente, e isto só pode ser feito com êxito pelos que observam estrita temperança. A mente se revigora sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se a tensão não é demasiada, sobrevém renovado vigor a cada esforço. MCP2 443 5 Mas com freqüência a obra dos que têm importantes planos a considerar e sérias decisões a tomar é afetada para mal em conseqüência de um regime impróprio. Um estômago perturbado produz um estado mental incerto e perturbado. Causa muitas vezes irritabilidade, aspereza ou injustiça. Muito plano que haveria sido uma bênção para o mundo tem sido posto à margem; muitas medidas injustas, opressivas e mesmo cruéis têm sido executadas em resultado de estados enfermos, resultantes de hábitos errôneos no comer. -- A Ciência do Bom Viver, 309, 310 (1905). Evitar excesso de trabalho MCP2 444 1 Ouço falar de obreiros cuja saúde está falhando sob a tensão dos encargos que sobre eles pesam. Isto não deveria acontecer. Deus quer que nos lembremos de que somos mortais. Não devemos abarcar demasiado em nosso trabalho. É preciso não nos mantermos sob tal tensão que nossas faculdades mentais e físicas fiquem exaustas. Necessitam-se mais obreiros, a fim de que alguns dos encargos sejam removidos dos que se encontram agora tão duramente sobrecarregados. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1904; Evangelismo, 660. Fazer dois anos em um MCP2 444 2 Ao estudante que deseja fazer o trabalho de dois anos em um, não se deve permitir fazer como ele próprio o entende. Empreender fazer trabalho duplo significa para muitos sobrecarregar a mente e negligenciar o exercício físico. Não é razoável supor que o espírito pode assimilar um excesso de alimento mental; e é um pecado tão grande sobrecarregar a mente como é sobrecarregar os órgãos digestivos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 266 (1913). Estudo excessivo diminui o domínio próprio MCP2 444 3 O estudo excessivo, em virtude de aumentar a corrente do sangue para o cérebro, cria uma excitabilidade mórbida que tende a diminuir o poder do domínio próprio, e muitíssimas vezes dá lugar a impulso e capricho. Assim se abre a porta à impureza. O mau uso, ou a falta de uso da capacidade física é, em grande parte, responsável pela onda de corrupção que se está espalhando pelo mundo. "Orgulho, abundância de pão e de ociosidade" são os inimigos imortais do progresso humano nesta geração, bem como quando ocasionaram a destruição de Sodoma. -- Educação, 209 (1903). Variar o assunto dos pensamentos MCP2 445 1 Perseguindo uma única série de pensamentos, com freqüência se torna o espírito propenso apenas para um lado. Cada faculdade, porém, pode ser exercida com segurança, se as capacidades mentais e físicas forem aplicadas igualmente, e o assunto dos pensamentos for variado. -- Educação, 209 (1903). Não negligenciar o estudo das ciências MCP2 445 2 Poderia ser conseguido muito mais no trabalho de auto-educação, se estivéssemos alerta para as nossas próprias oportunidades e privilégios. Verdadeira instrução significa mais do que os colégios podem dar. Embora o estudo das ciências não deva ser negligenciado, deve ser obtida maior instrução mediante ligação vital com Deus. Tome cada estudante sua Bíblia e ponha-se em comunhão com o grande Mestre. Que a mente seja adestrada e disciplinada para lutar com os problemas difíceis na pesquisa da verdade divina. -- Parábolas de Jesus, 334 (1900). Ar impuro afeta as faculdades mentais MCP2 445 3 Muitos estão continuamente queixosos e sofrendo de várias indisposições. Isto se dá quase sempre porque não trabalham prudentemente ou não observam as leis da saúde. Freqüentemente se demoram demais dentro de casa, em aposentos aquecidos, cheios de ar impuro. Ali eles se aplicam arduamente a estudar ou escrever, fazendo pouco exercício físico e tendo pouca variação de atividade. Em conseqüência o sangue se torna vagaroso e as faculdades da mente se debilitam. -- Testimonies for the Church 4:274 (1876). Evitar práticas que debilitam MCP2 445 4 Todo uso ou costume que enfraquece a força física ou mental, inabilita o homem para o serviço de seu Criador. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 473 (1885). Como preservar as faculdades mentais MCP2 445 5 Aquele que observar a simplicidade em todos os seus hábitos, restringindo o apetite e controlando as paixões, pode conservar suas faculdades mentais fortes, ativas e vigorosas, ligeiras para perceber tudo que exija pensamento ou ação, perspicazes para distinguir entre o santo e o profano, e prontos a empenhar-se em qualquer empreendimento para a glória de Deus e o benefício da humanidade. -- The Signs of the Times, 29 de Setembro de 1881; The S.D.A. Bible Commentary 2:1006. A corrente elétrica afeta as faculdades vitais MCP2 446 1 A inação física diminui não somente a força mental, mas também a moral. Os nervos do cérebro, que se ligam com o organismo todo, são o intermédio pelo qual o Céu se comunica com o homem e afeta a sua vida íntima. O que quer que estorve a circulação da corrente elétrica no sistema nervoso, debilitando assim as forças vitais e diminuindo a susceptibilidade mental, vem tornar mais difícil o despertar da natureza moral. -- Educação, 209 (1903). Pensamento independente e discriminação moral MCP2 446 2 A educação que consiste no exercício da memória, com a tendência de descoroçoar o pensamento independente, tem uma influência moral que é pouco tomada em conta. Ao sacrificar o estudante a faculdade de raciocinar e julgar por si mesmo, torna-se incapaz de discriminar entre a verdade e o erro, e cai fácil presa do engano. É facilmente levado a seguir a tradição e o costume. -- Educação, 230 (1903). Educado a alcançar a mais alta eficiência MCP2 446 3 Tanto as faculdades físicas como as mentais, com suas afeições, devem ser tão bem exercitadas, que possam atingir a mais alta eficiência. -- Conselhos Sobre Saúde, 445. O estudo da natureza fortalece as faculdades MCP2 446 4 Nestes ensinos tirados diretamente da Natureza há uma simplicidade e candura que lhes emprestam o maior valor. Todos necessitam das lições oriundas dessa fonte. Em si mesmo o encanto da Natureza desvia a alma, do pecado e das atrações mundanas, para a pureza, para a paz e para Deus. Com muita frequência se enche a mente dos estudantes de teorias e especulações humanas, falsamente chamadas Ciência e Filosofia. Devem eles ser postos em íntimo contato com a Natureza. Aprendam que a criação e o cristianismo têm um único Deus. Sejam ensinados a ver a harmonia do natural com o espiritual. Tudo quanto os seus olhos contemplam ou as mãos manuseiam lhes sirva de ensino na formação do caráter. Desta maneira as faculdades mentais são fortalecidas, desenvolvido o caráter e toda a vida enobrecida. -- Parábolas de Jesus, 24, 25 (1900). O estudo bíblico dá poder à mente MCP2 447 1 Os que têm fome de conhecimento para tornarem-se uma bênção para os semelhantes, receberão eles mesmos bênçãos de Deus. Pelo estudo da Palavra, suas forças mentais serão estimuladas a uma atividade fervorosa. Haverá expansão e desenvolvimento das faculdades, e a mente adquirirá capacidade e eficiência. -- Parábolas de Jesus, 334 (1900). A conversão remove da mente as trevas da ignorância MCP2 447 2 Na Bíblia é revelada a vontade de Deus. As verdades da Palavra divina são pronunciamentos do Altíssimo. Aquele que faz dessas verdades uma parte de sua vida, torna-se em todos os sentidos uma nova criatura. Não que lhe sejam dadas novas faculdades mentais, mas são removidas as trevas que pela ignorância e o pecado lhe obscureciam o entendimento. As palavras "Um novo coração também Eu vos darei", significam "uma nova mente vos darei". A mudança do coração é sempre acompanhada por uma clara convicção do dever cristão, uma compreensão da verdade. Aquele que der às Escrituras uma rigorosa atenção, acompanhada de oração, alcançará uma compreensão nítida e são raciocínio, como se, volvendo-se para Deus, tivesse ele atingido um mais elevado plano de inteligência. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1913; Minha Consagração Hoje, 24. ------------------------Capítulo 48 -- Sentimento de culpa O sentimento de culpa prejudica as forças vitais MCP2 451 1 Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, sentimento de culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). Como libertar-se do sentimento de culpa MCP2 451 2 Esse sentimento de culpa tem de ser deposto aos pés da cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Agora Jesus diz: Depõe tudo sobre Mim. Eu levarei teu pecado. Dar-te-ei paz. Não destruas por mais tempo teu respeito próprio, pois Eu te comprei com o preço do Meu próprio sangue. Tu és Meu, tua vontade enfraquecida Eu fortalecerei; teu remorso pelo pecado Eu removerei. MCP2 451 3 Portanto volve teu grato coração, tremendo de incerteza, e lança mão da esperança posta a tua frente. Deus aceita teu coração quebrantado e contrito. Ele te oferece livre perdão. Oferece-Se para te adotar em Sua família, e dá Sua graça para ajudar tua fraqueza, e o amado Jesus te conduzirá passo a passo, se tão-somente puseres tua mão na dEle e te entregares a Sua guia. -- Carta 38, 1887. Jesus pronuncia o perdão MCP2 451 4 Satanás procura desviar nossa mente do poderoso Ajudador, para nos levar a ponderar sobre a degeneração de nossa alma. Mas ainda que Jesus veja a culpa Ele pronuncia o perdão; e nós não O devemos desonrar duvidando de Seu amor. -- Carta 2, 1914; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 518. Seu amor livra da culpa MCP2 452 1 O amor difundido por Cristo por todo o ser, é um poder vitalizante. Todo órgão vital -- o cérebro, o coração, os nervos -- esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais. Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode destruir -- a alegria no Espírito Santo -- alegria que comunica saúde e vida. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). O maior pecador precisa do maior Salvador MCP2 452 2 Se te julgares o maior dos pecadores, Cristo é justamente o de que careces -- o maior Salvador. Ergue a cabeça e olha para fora de ti, para fora de teu pecado, para o Salvador erguido na cruz; fora da venenosa, peçonhenta picada da serpente, para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. -- Carta 98, 1893. Ele dá descanso MCP2 452 3 Ele carregou o fardo de nossa culpa. Ele tomará o peso de nossos cansados ombros. Ele nos dará descanso. O fardo de cuidado e aflição, Ele o levará também. Convida-nos a lançar sobre Ele toda a nossa solicitude; pois traz-nos sobre o coração. -- A Ciência do Bom Viver, 71 (1905). Nem todos os pecados são de magnitude igual MCP2 452 4 Deus não considera todos os pecados igualmente graves; há aos Seus olhos, como aos do homem, gradações de culpa; por mais insignificante, porém, que este ou aquele mau ato possa afigurar-se aos olhos humanos, pecado algum é pequeno à vista de Deus. O juízo do homem é parcial, imperfeito; mas Deus avalia todas as coisas como são na realidade. O ébrio é desprezado, e diz-se-lhe que seu pecado o excluirá do Céu; ao passo que o orgulho, o egoísmo e a cobiça muitas vezes não são reprovados. No entanto, estes são pecados especialmente ofensivos a Deus, pois são contrários à benevolência de Seu caráter e àquele desinteressado amor que é a própria atmosfera do Universo não caído. A pessoa que cai em algum pecado grosseiro sente, talvez, sua vergonha e miséria, e sua necessidade da graça de Cristo; mas o orgulhoso não sente necessidade alguma, e assim fecha o coração a Cristo e às infinitas bênçãos que veio dar. -- Conflict and Courage, 30 (1892). Os culpados precisam de aproximação positiva MCP2 453 1 Ninguém jamais se torna melhor pela denúncia e recriminação. Falar de sua culpa a uma alma tentada, de modo algum lhe incute a resolução de ser melhor. Encaminhai os erradios, desanimados, para Aquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos os que vão a Ele. Mostrai-lhe o que ele se pode tornar. Dizei-lhe que não há nele coisa alguma que o recomende a Deus, mas que Cristo morreu por ele a fim de que ele possa ser aceito no Amado. Inspirai-lhe esperança, mostrando-lhe que na força de Cristo ele pode proceder melhor. Apresentai-lhe as possibilidades que lhe pertencem. Apontai-lhe as alturas que pode alcançar. Ajudai-o a apegar-se à misericórdia do Senhor, a confiar em Seu poder de perdoar. Jesus está à espera de tomá-lo pela mão, desejoso de dar-lhe poder para levar uma vida nobre, virtuosa. -- Manuscrito 2, 1903. Satanás inculca um sentimento de culpa MCP2 453 2 O povo de Deus é aqui [Zacarias capítulo 3] representado como delinqüente, em juízo. Josué, como sumo sacerdote, pede uma bênção para seu povo, que está em grande aflição. Enquanto suplica a Deus, Satanás está a sua direita, como antagonista. Acusa os filhos de Deus e faz seu caso parecer tão desesperador quanto possível. Expõe ao Senhor seus pecados e faltas. Aponta seus erros e fracassos, esperando que pareçam aos olhos de Cristo num caráter tal, que não lhes prestará auxílio em sua grande necessidade. Josué, como representante do povo de Deus, está sob condenação, cingido de vestes imundas. Consciente dos pecados de seu povo, está opresso de desânimo. Satanás carrega sua alma com um sentimento de culpa que o faz sentir-se quase sem esperança. Todavia, ali permanece como suplicante, com Satanás disposto contra ele. -- Parábolas de Jesus, 166, 167 (1900). Deixar de reclamar as promessas de Deus MCP2 454 1 Tenho pensado que muitos internados em asilos de alienados foram para ali levados por experiências semelhantes a minha própria. Sua consciência foi abalada por um senso de pecado, e sua tremente fé não ousava reclamar de Deus o prometido perdão. Ouviam as descrições do inferno ortodoxo até que parecia coagular o próprio sangue das veias, e imprimir com fogo uma impressão nas placas da memória. Andando ou dormindo, o terrível quadro estava sempre presente, até que a realidade se perdeu na imaginação, e eles só viam a rodeá-los as chamas de fabuloso inferno, e só ouviam os gritos dos condenados. A razão foi destronada, e o cérebro se encheu de confusa fantasia de um sonho terrível. Os que ensinam a teoria de um inferno perene fariam bem em cuidar com mais atenção de sua autoridade para manter crença tão cruel. -- Testimonies for the Church 1:25, 26 (1855). As crises muitas vezes apontam a fonte da força MCP2 454 2 Deus muitas vezes leva os homens a uma crise para mostrar-lhes sua fraqueza e apontar-lhes a fonte da força. Se orarem, e vigiarem em oração, lutando com bravura, seus pontos fracos se tornarão seus pontos fortes. A experiência de Jacó encerra muitas valiosas lições para nós. Deus ensinou a Jacó que em sua própria força jamais alcançaria a vitória, que teria que lutar com Deus, em busca de força do alto. -- Manuscrito 2, 1903. Lembrar-se da graça de Cristo MCP2 454 3 Quando, depois de seu pecado de enganar a Esaú, Jacó fugiu do lar paterno, ficou abatido pela consciência da culpa. Solitário e desterrado como se achava, separado de tudo que lhe havia tornado preciosa a vida, o pensamento que, acima de todos os outros, lhe oprimia a alma, era o temor de que seu pecado o alienara de Deus, e de que fora rejeitado pelo Céu. MCP2 455 1 Com tristeza, deitou-se para repousar sobre a terra nua, tendo em volta de si apenas os solitários outeiros, e sobre si o céu resplandecente de estrelas. Quando dormia, estranha luz lhe feriu a vista: eis que, do plano em que estava deitado, amplos e sombreados degraus pareciam erguer-se até às próprias portas do Céu, e sobre eles anjos de Deus subiam e desciam; enquanto, da glória acima, ouviu a voz de Deus em uma mensagem de conforto e esperança. MCP2 455 2 Assim foi revelado a Jacó o que lhe podia satisfazer a necessidade e anseios da alma -- um Salvador. Com gozo e gratidão viu revelado um meio pelo qual ele, pecador, poderia ser restituído à comunhão com Deus. A mística escada de seu sonho representava Jesus, o único meio de comunicação entre Deus e o homem. -- Conflict and Courage, 19, 20 (1892). O peso da culpa, origem de muitas doenças MCP2 455 3 O paralítico encontrou em Cristo cura tanto para o corpo como para a alma. A cura espiritual foi seguida da restauração física. Essa lição não devia ser desatendida. Existem hoje milhares de vítimas de sofrimentos físicos, os quais, como o paralítico, estão anelando a mensagem: "Perdoados estão os teus pecados." O fardo do pecado, com seu desassossego e insatisfeitos desejos, é o fundamento de suas doenças. Não podem encontrar alívio, enquanto não forem ter com o Médico da alma. A paz que unicamente Ele pode dar, comunicaria vigor à mente e saúde ao corpo. -- O Desejado de Todas as Nações, 270 (1898). Ignorância não remove a culpa MCP2 455 4 Soubessem eles que estavam torturando Aquele que viera salvar da eterna ruína a raça pecadora, e ter-se-iam possuído de remorso e horror. Sua ignorância, porém, não lhes tirava a culpa; pois era seu privilégio conhecer e aceitar a Jesus como seu Salvador. -- O Desejado de Todas as Nações, 744 (1898). Não diminuir a culpa, desculpando o pecado MCP2 455 5 Não devemos procurar diminuir nossa culpa escusando o pecado. Cumpre-nos aceitar a divina avaliação do pecado, e essa é deveras pesada. Unicamente o Calvário pode revelar a terrível enormidade do pecado. Caso devêssemos suportar nossa própria culpa, ela nos esmagaria. Mas o Inocente tomou-nos o lugar; conquanto não o merecesse, Ele carregou com a nossa iniqüidade. "Se confessarmos os nossos pecados", Deus "é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. -- O Maior Discurso de Cristo, 101 (1896). As almas humildes reconhecem a culpa MCP2 456 1 Os que não humilharam a alma perante Deus, em reconhecimento de sua culpa, não cumpriram ainda a primeira das condições de aceitação. Se não experimentamos ainda aquele arrependimento do qual não há arrepender-se, e não confessamos nosso pecado com verdadeira humilhação de alma e contrição de espírito, aborrecendo nossa iniqüidade, nunca na verdade procuramos o perdão dos pecados; e se nunca procuramos, nunca encontramos a paz de Deus. A única razão por que não tenhamos a remissão dos pecados passados, é não estarmos dispostos a humilhar nosso orgulhoso coração e cumprir as condições da Palavra da verdade. MCP2 456 2 Deu-se explícita instrução acerca deste assunto. A confissão do pecado, quer público quer particular, deve ser de coração e expressa francamente. Não deve ser extorquida do pecador. Não deve ser feita de maneira leviana e descuidada, nem forçada dos que não têm a compreensão do caráter repugnante do pecado. A confissão misturada com lágrimas e tristeza, que é o desabafo do íntimo da alma, encontra caminho para o Deus de infinita piedade. Diz o salmista: "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido." -- Testimonies for the Church 5:636, 637 (1889). É essencial abandonar o pecado MCP2 456 3 Aqui é onde te sujeitas à condenação, isto é, continuas a pecar. Na força de Cristo, cessa de pecar. Todas as providências foram tomadas para que a graça habite contigo, que o pecado sempre se te afigure a coisa odiosa que é: o pecado. "Se... alguém pecar", não deve ele entregar-se ao desespero e falar como um homem perdido para Cristo. -- Carta 41, 1893. Deus perdoa a todos os que o buscam MCP2 457 1 Deus com justiça condena a todo que não torne Cristo seu Salvador pessoal, mas perdoa a toda alma que a Ele se achega, com fé, e a habilita a fazer a obra de Deus e, pela fé ser um com Cristo. ... O Senhor tomou todas as providências para que o homem tenha salvação plena e livre, e seja completo nEle. Deus deseja que Seus filhos gozem os brilhantes raios do Sol da justiça, que todos possam ter a luz da verdade. Deus por preço infinito proveu salvação ao mundo -- o preço do dom de Seu Filho unigênito. O apóstolo pergunta: "Aquele que não poupou a Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. Portanto, se não formos salvos, a culpa não estará com Deus, mas conosco, porque deixamos de cooperar com os agentes divinos. Nossa vontade não coincidiu com a vontade de Deus. -- The Review and Herald, 1 de Novembro de 1892; Mensagens Escolhidas 1:375. Esperança para todos MCP2 457 2 Ninguém tem necessidade de se abandonar ao desânimo e desespero. Satanás poderá se achegar a vós com a cruel sugestão: "Teu caso é desesperado. És irremissível." Mas há para vós esperança em Cristo. Deus não nos manda vencer em nossas próprias forças. Pede-nos que nos acheguemos bem estreitamente a Ele. Sejam quais forem as dificuldades sob que lutemos, que nos façam vergar o corpo e a alma, Ele está à espera de nos libertar. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). ------------------------Capítulo 49 -- Ansiedade Quebranta as forças vitais MCP2 458 1 Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. ... O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). Prejudica a circulação MCP2 458 2 A tristeza amortece a circulação nos vasos de sangue e nos nervos, e também retarda a ação do fígado. Estorva o processo da digestão e da nutrição, e tem a tendência de ressecar a medula [substância interior] de todo o organismo. -- Carta 1, 1883. Não pode remediar mal algum MCP2 458 3 Ao passo que a preocupação e ansiedade não remediam um simples mal, podem produzir grande dano; mas alegria e esperança, ao mesmo tempo que iluminam o caminho de outros, "são vida para os que as acham, e saúde para o seu corpo". Provérbios 4:22. -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885; O Lar Adventista, 431. Providências tomadas para qualquer situação MCP2 458 4 Não devemos permitir que o futuro, com seus difíceis problemas, suas não satisfatórias perspectivas, façam nosso coração desfalecer, tremer-nos os joelhos, pender-nos as mãos. "Que se apodere da Minha força", diz o Poderoso, "e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. Os que submetem a vida a Sua direção e a Seu serviço, jamais se verão colocados numa posição para a qual Ele não haja tomado providências. Seja qual for nossa situação, se somos cumpridores de Sua Palavra, temos um Guia a nos dirigir o caminho; seja qual for nossa perplexidade, temos um seguro Conselheiro; seja qual for nossa tristeza, perda ou solidão, possuímos um Amigo cheio de compassivo interesse. -- A Ciência do Bom Viver, 248, 249 (1905). Antecipar dificuldades duplica os fardos MCP2 459 1 Achamo-nos num mundo de sofrimento. Dificuldades, provações e dores nos aguardam em todo o percurso para o lar celestial. Muitos existem, porém, que tornam duplamente pesados os fardos da vida por estarem continuamente antecipando aflições. Se têm de enfrentar adversidade ou decepção, pensam que tudo se encaminha para a ruína, que a sua sorte é a mais dura de todas, que vão por certo cair em necessidade. Trazem assim sobre si o infortúnio, e lançam sombras sobre todos os que os rodeiam. A própria vida se lhes torna um fardo. MCP2 459 2 Mas não precisa ser assim. Custará um decidido esforço o mudar a corrente de seus pensamentos. Mas a mudança se pode operar. Sua felicidade, tanto nesta vida como na futura, depende de que fixem a mente em coisas animadoras. Desviem-se eles do sombrio quadro, que é imaginário, voltando-se para os benefícios que Deus lhes tem espargido na estrada, e para além destes, aos invisíveis e eternos. -- A Ciência do Bom Viver, 247, 248 (1905). Lançando uma sombra MCP2 459 3 Não é sábio ajuntar todas as penosas recordações da vida passada -- injustiças e decepções -- e falar tanto sobre elas e lamentá-las tanto, que nos sintamos esmagados pelo desânimo. Uma alma desalentada acha-se rodeada de trevas, excluindo a luz de Deus de si própria, e lançando sombras sobre o caminho dos outros. -- Conflict and Courage, 117 (1892). Falar mais de bênçãos, menos de provações MCP2 459 4 É grande para conosco a bondosa misericórdia do Senhor. Ele jamais deixará nem desamparará os que nEle confiam. Se pensássemos e falássemos menos em nossas provas, e mais na misericórdia e bondade de Deus, sentir-nos-íamos erguidos acima de boa parte de nossas sombras e perplexidades. Meus irmãos e irmãs, vós que sentis que estais a entrar numa vereda escura, e como cativos de Babilônia tendes de dependurar as harpas nos salgueiros, tentemos cantar hinos animosos. MCP2 460 1 Direis talvez: Como posso cantar, tendo ante mim esta perspectiva sombria, com este fardo de tristezas e aflições sobre minha alma? Mas porventura as tristezas terrestres nos privaram do todo-poderoso Amigo que temos em Jesus? Não deveria o maravilhoso amor de Deus no dom de Seu amado Filho ser um tema de constante regozijo? Quando apresentamos nossas petições ao trono da graça, não nos esqueçamos de apresentar também cânticos de ações de graças. "Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará." Salmos 50:23. Enquanto viver nosso Salvador, temos motivo para incessante gratidão e louvor. -- The Review and Herald, 1 de Novembro de 1881; Mensagens Escolhidas 2:268, 269. Volva costas à incontrolável ansiedade (conselho a uma família enlutada) MCP2 460 2 Como Jó, julgastes que tínheis razão para a ansiedade, e não queríeis ser confortados. Era razoável isso? Sabeis que a morte é um poder ao qual ninguém pode resistir, mas tornastes vossa vida quase inútil por vossa inútil tristeza. Vossos sentimentos têm sido pouco menos que rebelião contra Deus. Vi todos vós a entregar-vos ao luto, e cedendo aos vossos agitados sentimentos, até que vossas ruidosas demonstrações de tristeza levaram os anjos a esconder a face e afastar-se do cenário. MCP2 460 3 Enquanto assim dáveis expressão a vossos sentimentos, lembrastes-vos de que tendes no Céu, um Pai que deu Seu Filho unigênito para morrer por nós, a fim de que a morte não fosse um sono eterno? Lembrastes-vos de que o Senhor da vida e glória passou pelo túmulo e o iluminou com Sua própria presença? Disse o discípulo amado: "Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham." Bem sabia o apóstolo acerca do que estava falando, ao escrever essas palavras; mas, quando cedeis a uma incontida tristeza, porventura vossa conduta é coerente com o conforto que elas expressam? -- Testimonies for the Church 5:313 (1885). Falar muito em si é egoísmo (conselho a um pastor enlutado) MCP2 461 1 Ora, irmão _____, é uma espécie de egoísmo conservar a mente a ocupar-se contigo mesmo. É bem diferente do apóstolo Paulo, que era homem de enfermidades, contudo sua pessoa era o último assunto de seus pensamentos. Ele teve provas que nunca sofreste, nem jamais serás chamado a suportar, e contudo ele lhes volve costas; não se demora a falar nelas, mas antes exalta a graça de Deus. MCP2 461 2 Tua esposa foi objeto de enfermidade e morte. Tua tristeza foi justamente tão intensa como todos os teus outros contratempos. Apertaste ao peito a dor, tinhas prazer em demorar-te nela, e permitiste que a mente e os pensamentos se ocupassem egoisticamente com tua mágoa, e em conseqüência tua saúde sofreu. Então o falecimento de tua filha foi de fato um golpe duro, mas outros passaram por isso, sob circunstâncias mais probantes. Permitiste que essa aflição te acovardasse; demoraste-te com ela, falaste sobre ela, sobrecarregaste a alma com um assunto que não te era possível mudar ou ajudar. Foi pecado tomar sobre ti qualquer dessas aflições, como fizeste. MCP2 461 3 Sei do que estou falando. Se te permitires que a mente seja obscurecida pela dor, o alimento não será digerido, e em resultado o organismo não é bem nutrido. -- Carta 1, 1883. A ansiedade despacha o sangue para o cérebro (uma experiência pessoal) MCP2 461 4 Enquanto assim ocupada em falar e escrever, recebi de Battle Creek cartas de sentido desanimador. Ao lê-las senti uma inexprimível depressão de espírito, chegando a uma agonia mental, que por breve período como que paralisou minhas energias vitais. Por três noites não dormi quase nada. Meus pensamentos estavam perturbados, perplexos. MCP2 461 5 Ocultei o mais que pude os meus sentimentos, de meu esposo e da família envolvida, com a qual nos achávamos. Ninguém sabia de minha labuta ou peso mental, ao unir-me com a família no culto matinal e vespertino, procurando depor meu fardo sobre o grande Portador de Fardos. Mas minhas petições provinham de um coração tomado de angústia, e minhas orações eram interrompidas e desconexas, por motivo da incontrolável ansiedade. O sangue precipitou-se-me para o cérebro, levando-me freqüentemente a cambalear e quase cair. Tive hemorragia nasal muitas vezes, especialmente depois de fazer um esforço para escrever. Fui obrigada a pôr de lado minha escrita, mas não podia livrar-me do peso da ansiedade e da responsabilidade que pesavam sobre mim. -- Testimonies for the Church 1:576, 577 (1867). Que fazer com a tristeza MCP2 462 1 Estais tomados de tristeza hoje? Fixai os olhos no Sol da justiça. Não procureis ajustar todas as dificuldades, mas volvei a face para a luz, para o trono de Deus. Que vereis ali? O arco-íris do concerto, a viva promessa de Deus. Embaixo está o propiciatório, e todo aquele que se prevalecer das provisões de misericórdia que foram feitas, e se apropriar dos méritos da vida e morte de Cristo tem no arco-íris do concerto uma bendita certeza de aceitação do Pai, por todo o tempo em que durar o trono de Deus. MCP2 462 2 Fé é o de que precisais. Não deixeis vacilar a fé. Combatei o bom combate da fé e tomai posse da vida eterna. Será uma luta severa, mas combatei-a a todo o custo, pois as promessas de Deus são sim e amém em Cristo Jesus. Ponde a mão na mão de Cristo. Há dificuldades a ser vencidas, mas anjos magníficos em poder cooperarão com o povo de Deus. Olhai a Sião, forçai vossos passos para a cidade das solenidades. Uma coroa gloriosa e vestes tecidas no tear do Céu aguardam o vencedor. Embora Satanás lance sua infernal sombra através de vosso caminho e procure ocultar de vossa vista a escada mística que se estende da Terra para o trono de Deus, na qual sobem e descem os anjos, que são espíritos ministradores aos que hão de herdar a salvação, todavia pressionai vosso caminho para o alto, plantai os pés sobre um degrau após outro, e avançai rumo do trono do Infinito. -- Manuscrito 66, 1895. Os simpatizantes nem sempre são amigos MCP2 463 1 Se os que estão ao teu redor pertencem à classe dos que não procuram mudar sua conversa e a corrente de seus pensamentos, se eles concordam com todas as tuas impressões como se fossem uma realidade, quanto menos tiveres da sociedade dessa classe, tanto melhor. Eles não são teus amigos, mas teus piores inimigos. O Senhor deseja que sejas animoso. MCP2 463 2 Já sepultaste amigos amados; assim eu também; entretanto, não ouso perguntar: Por que Tu me lançaste na fornalha? Por que tenho estado doente seguidamente? A resposta vem a mim, de longe: "O que Eu faço, não o sabes agora, compreendê-lo-ás depois." João 13:7. MCP2 463 3 Os propósitos divinos são muitas vezes velados em mistério; eles são incompreensíveis às mentes finitas; mas Aquele que vê o fim desde o princípio o sabe melhor do que nós. O que precisamos é purificar-nos de toda a mundanidade, aperfeiçoar o caráter cristão, a fim de que as vestes da justiça de Cristo nos sejam dadas. -- Carta 1, 1883. O trabalhar em favor de outros diminui nossa ansiedade MCP2 463 4 O apóstolo perdia de vista os sofrimentos que se aproximavam, em sua solicitude por aqueles que ele estava para deixar a lutar com preconceitos, ódio e perseguição. Os poucos cristãos que o acompanhavam até ao lugar da execução, empenhou-se ele em fortalecer e animar, repetindo as promessas dadas aos perseguidos por causa da justiça. Assegurou-lhes que coisa nenhuma falharia de tudo que o Senhor falara acerca de seus filhos fiéis e provados. MCP2 463 5 Por um pouco de tempo poderiam estar em tristeza, acuados por muitas tentações; poderiam ser privados do conforto terrestre; podiam, porém, animar o coração com a certeza da fidelidade de Deus, dizendo: "Sei em quem tenho crido, e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito." Logo chegaria a termo a noite de prova e sofrimento, e então raiaria a risonha manhã de paz e o dia perfeito. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1912. Os melhores consoladores MCP2 464 1 Os que têm suportado as maiores tristezas são freqüentemente os que levam aos outros os maiores confortos, introduzindo a luz do sol aonde quer que vão. Esses foram purificados e enternecidos por suas aflições, não perderam a confiança em Deus quando assaltados pelas dificuldades, mas se apegaram mais intimamente ao Seu protetor amor. Esses são uma viva prova do terno cuidado de Deus, que faz as trevas assim como a luz, e nos disciplina para nosso bem. Cristo é a luz do mundo; nEle não há trevas. Preciosa luz! Vivamos nessa luz! Digamos adeus à tristeza e descontentamento. "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez o digo: Regozijai-vos." -- História da Redenção, Outubro de 1877; Mensagens Escolhidas 2:274. Antídoto para a ansiedade MCP2 464 2 Deus proveu um bálsamo para toda ferida. Há um bálsamo em Gileade, há ali um médico. Não querereis agora, como nunca dantes, estudar as Escrituras? Buscai do Senhor sabedoria em toda emergência. Em cada prova suplicai a Jesus que vos mostre um meio de saída de vossa dificuldade, e então vossos olhos se abrirão para verdes o remédio e aplicardes ao vosso caso as curadoras promessas que foram registradas em Sua Palavra. MCP2 464 3 Deste modo o inimigo não encontrará lugar para vos levar a lamentações e descrença, mas ao contrário, tereis fé, e esperança e ânimo no Senhor. O Espírito Santo dar-vos-á claro discernimento, para que possais ver cada bênção e apropriar-vos delas, as quais agirão como antídoto à tristeza, como um ramo de cura a todo trago amargo que vos seja levado aos lábios. Cada trago de amargura será misturado com o amor de Jesus, e em vez de vos queixardes de amargura, vereis que o amor e a graça de Jesus por tal forma se combinam com a tristeza, que esta se transformará em alegria suave, santa e santificada. -- Carta 65a, 1894; Mensagens Escolhidas 2:273, 274. Separação de Deus traz angústia de alma MCP2 464 4 Foi a angústia da separação do favor do Pai que tornou tão agudos os sofrimentos de Cristo. Ao sobrevir-Lhe a angústia de alma, "Seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra". Lucas 22:44. Sua terrível angústia, causada pelo pensamento de que nesta hora de necessidade Deus O abandonara, retrata a angústia que o pecador sentirá quando, demasiado tarde, reconhecer que o Espírito de Deus lhe é retirado. -- Manuscrito 134, 1905. Compreendido quando estivermos no paraíso MCP2 465 1 A Terra tem uma história que o homem jamais compreenderá, até que ande com o seu Redentor no Paraíso de Deus. "Pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima." Apocalipse 7:17. -- Manuscrito 28, 1898. ------------------------Capítulo 50 -- Preocupação, inquietude A preocupação, não o trabalho, mata MCP2 466 1 Não é o trabalho que mata; é a preocupação. A única maneira de evitar a preocupação é levar a Cristo toda e qualquer dificuldade. Não olhemos ao lado escuro. Cultivemos a disposição animosa do espírito. -- Carta 208, 1903. Pensar nas dificuldades MCP2 466 2 Pessoas há que andam sempre em temor, e buscando aflições. Cercam-nas dia a dia as provas do amor de Deus; desfrutam diariamente as liberalidades de Sua Providência. Não atentam, entretanto, para as bênçãos presentes. Sua mente ocupa-se continuamente com alguma coisa desagradável, cuja ocorrência receiam; ou então é qualquer coisa real que, embora pequenina, as torna cegas aos muitos motivos que têm para serem agradecidas. As dificuldades que enfrentam, em vez de as impelir para Deus, única fonte de auxílio que possuem, separam-nas dEle, pois suscitam desassossego e queixumes. -- Conflict and Courage, 121, 122 (1892). A preocupação torna pesadas as cargas MCP2 466 3 Temo muito que estejamos em perigo de, pela preocupação, fazer jugos para nosso pescoço. Não nos preocupemos, pois assim tornamos muito severo o jugo e pesada a carga. Façamos tudo que pudermos, sem nos preocupar, confiando em Cristo. Estudemos Suas palavras: "Tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis." Mateus 21:22. Estas palavras são o penhor de que, tudo quanto um onipotente Salvador pode conceder, será dado aos que nEle confiam. Como mordomos da graça do Céu, devemos pedir com fé, e então aguardar confiantes a salvação de Deus. Não devemos tomar-Lhe a dianteira, tentando de, em nossas próprias forças, conseguir aquilo que desejamos. Em Seu nome devemos pedir, e então agir como crendo em Sua eficiência. -- Carta 123, 1904. Não a vontade de Deus MCP2 467 1 Não é a vontade de Deus que Seu povo ande vergado ao peso dos cuidados. -- Conflict and Courage, 122 (1892). A ansiedade tende a causar fraqueza e doença MCP2 467 2 Havendo os erros sido endireitados, podemos apresentar as necessidades do enfermo ao Senhor, com fé tranqüila, como Seu Espírito possa indicar. Ele conhece cada indivíduo por nome, e cuida de cada um como se não houvesse na Terra nenhum outro por quem houvesse dado Seu bem-amado Filho. Por ser o amor de Deus tão grande e inalterável, o doente deve ser estimulado a confiar nEle e ficar animoso. Estar ansioso quanto a si mesmo tende a causar fraqueza e doença. Se eles se erguerem acima da depressão e da tristeza, será melhor sua perspectiva de restabelecimento; pois "os olhos do Senhor estão sobre os que esperam na Sua misericórdia". Salmos 33:18. -- A Ciência do Bom Viver, 229 (1905). Deixa de preocupar-te (conselho a um amigo encarando a morte) MCP2 467 3 Conservo perante mim o teu caso, e aflige-me que estejas com o espírito perturbado. Desejaria confortar-te, se estivesse em meu poder. Não te foi Jesus, o amado Salvador, tantas vezes um auxílio bem presente em tempos de necessidade? Não entristeças o Espírito Santo, e deixa de acabrunhar-te. Isto é o que tantas vezes disseste a outros. Deixa que as palavras dos que estão doentes, como estás, te confortem, e que o Senhor te ajude, é minha oração. -- Carta 365, 1904; Mensagens Escolhidas 2:253. Ficar ansioso e deixar os braços de Jesus MCP2 468 1 Se educássemos nossa alma em ter mais fé, mais amor, maior paciência, mais perfeita confiança em nosso Pai celestial, teríamos mais paz e felicidade ao atravessar os conflitos da vida. O Senhor não Se agrada de que nos impacientemos e fiquemos ansiosos, fora dos braços de Jesus. É Ele a única fonte de toda a graça, o cumprimento de toda promessa, a realização de toda bênção. ... Nossa peregrinação seria na verdade solitária, não fosse Jesus. "Não vos deixarei órfãos" (João 14:18), diz-nos Ele. Acarinhemos Suas palavras, creiamos em Suas promessas, repitamo-las dia a dia e meditemos nelas nas horas da noite, e sejamos felizes. -- Manuscrito 75, 1893; Nossa Alta Vocação, 118. Descansando no amor de Cristo MCP2 468 2 Afastemo-nos das poeirentas e quentes estradas da vida, para descansar à sombra do amor de Cristo. Aqui recebemos forças para o conflito. Aqui aprendemos a atenuar a labuta e preocupação, e a falar e cantar o louvor de Deus. Aprendam os cansados e sobrecarregados, de Cristo as lições de calma confiança. Eles devem assentar-se a Sua sombra, se quiserem possuir Sua paz e repouso. -- Testimonies for the Church 7:69, 70 (1902). A responsabilidade de Deus e a minha MCP2 468 3 Quando tomamos em nossas mãos o manejo das coisas com que temos de lidar, e confiamos em nossa própria sabedoria quanto ao êxito, chamamos sobre nós um fardo que Deus não nos deu, e estamos a levá-lo sem Sua ajuda. Estamos tomando sobre nós mesmos a responsabilidade que pertence a Deus, pondo-nos, na verdade, assim em Seu lugar. Podemos bem ter ansiedade e antecipar perigos e perdas; pois isto é certo sobrevir-nos. Mas quando deveras acreditamos que Deus nos ama, e nos quer fazer bem, cessamos de afligir-nos a respeito do futuro. Confiaremos em Deus assim como uma criança confia em um amoroso pai. Então desaparecerão nossas turbações e tormentos; pois nossa vontade fundir-se-á com a vontade de Deus. -- O Maior Discurso de Cristo, 87 (1896). Cuidado e ansiedade tomados emprestados MCP2 469 1 Em confiar continuamente em Deus há segurança; não haverá o constante temor de um mal futuro. Esse cuidado e ansiedade tomados emprestados, cessarão. Temos um Pai celestial que cuida de Seus filhos, e deseja tornar, e tornará, Sua graça suficiente em todos os tempos de necessidade. -- Testimonies for the Church 2:72 (1868). Deixar com Deus o futuro MCP2 469 2 Posto que sejam supridas suas necessidades presentes, muitos não estão dispostos a confiar em Deus para o futuro, e se acham em constante ansiedade, receosos de que a pobreza lhes sobrevenha, e seus filhos venham a sofrer. Alguns estão sempre a ver antecipadamente o mal, ou a aumentar as dificuldades que realmente existem, de modo que seus olhos ficam cegos às muitas bênçãos que lhes reclamam gratidão. Os obstáculos que encontram, em vez de os levar a buscar auxílio de Deus, a única Fonte de força, separam-nos dEle porque despertam inquietação e descontentamento. ... MCP2 469 3 Jesus é nosso Amigo; todo o Céu se interessa em nosso bem-estar; e nossa ansiedade e temor entristecem ao Espírito Santo de Deus. Não devemos condescender com cuidados que apenas nos impacientem e fatiguem, mas não nos auxiliam a suportar as provações. Nenhum lugar deve dar-se àquela desconfiança para com Deus, a qual nos leva a fazer dos preparativos para as futuras necessidades a principal preocupação da vida, como se nossa felicidade consistisse nessas coisas terrestres. -- Patriarcas e Profetas, 293, 294. Indevida ansiedade MCP2 469 4 Deus não condena a prudência e a previsão nos usos das coisas desta vida, mas o cuidado febril, a ansiedade indevida, com relação às coisas do mundo não estão de acordo com a Sua vontade. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887; Conselhos Sobre Mordomia, 159. A ansiedade enfraquece as forças físicas MCP2 469 5 As provações, as ansiedades que Paulo havia suportado despojaram-no de suas forças físicas. -- Atos dos Apóstolos, 488 (1911). Cristãos de coração ansioso MCP2 469 6 Muitos que professam seguir a Cristo têm o coração ansioso e inquieto porque receiam confiar-se a Deus. Não se entregam completamente a Ele, porque temem as conseqüências que tal entrega possa implicar. Enquanto não fizerem esta entrega, não podem encontrar paz. -- A Ciência do Bom Viver, 480 (1905). Minuto a minuto MCP2 470 1 Existe uma coisa quanto a qual quero prevenir-te. Não te aborreças nem te preocupes; não vale a pena fazer isso. Não tentes fazer demais. Se não empreenderes demasiado, terás êxito em realizar muito mais do que tentando executar planos demasiados. Tenhas constantemente na memória as palavras de Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." Marcos 14:38. Cristo é teu Salvador pessoal. Crê que Seu poder de salvar é exercido em teu favor minuto a minuto, hora a hora. Ele está ao teu lado em todo tempo de necessidade. -- Carta 150, 1903. Não transponhais pontes antes do tempo MCP2 470 2 Ora, temos de agir como pessoas que são remidas pelo sangue de Cristo; devemos regozijar-nos no sangue de Cristo e no perdão dos pecados. Isto é o que devemos fazer, e que Deus nos ajude a afastar a mente dos quadros escuros, e pensar nos assuntos que nos proporcionem luz. Agora desejo ler outra passagem: "Não andeis ansiosos de coisa alguma." Filipenses 4:6. Que quer isto dizer? -- Ora, não atravesseis uma ponte antes de chegar a ela. Não forjeis um tempo de angústia antes que venha. Chegareis a ele bastante cedo, irmãos. Devemos pensar no dia de hoje, e se cumprirmos bem os deveres de hoje, estaremos prontos para os deveres de amanhã. -- Manuscrito 7, 1888. Procurando alcançar as normas do mundo MCP2 470 3 Muitos há cujo coração geme sob o fardo do cuidado, porque procuram atingir a norma do mundo. Preferiram-lhe o serviço, aceitaram-lhe as perplexidades, adotaram-lhe os costumes. Assim, é manchado o seu caráter, e seu viver se torna uma fadiga. Para satisfazer a ambição e os desejos mundanos, ferem a consciência e trazem sobre si mesmos um fardo adicional de remorso. A contínua ansiedade está consumindo as energias vitais. MCP2 471 1 Nosso Senhor deseja que ponham de lado esse jugo de servidão. Convida-os a aceitar o Seu jugo: Ele diz: "Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Manda-lhes que busquem primeiro o reino de Deus e Sua justiça, e promete que todas as coisas necessárias a esta vida lhes serão acrescentadas. MCP2 471 2 A ansiedade é cega, e não pode discernir o futuro; mas Jesus vê o fim desde o começo. Em toda dificuldade tem Ele um meio preparado para trazer alívio. -- O Desejado de Todas as Nações, 330 (1898). A fé pode ser invencível MCP2 471 3 Não te preocupes. Olhando às aparências e queixando-te quando sobrevêm dificuldades e opressão, revelas uma fé doentia, enfraquecida. Por tuas palavras e tuas obras mostras que tua fé é invencível. O Senhor é rico em recursos. Ele é dono do mundo. Olha para Ele, que tem luz, e poder e eficiência. Ele abençoará a todos os que procurem comunicar luz e amor. -- Testimonies for the Church 7:212 (1902). As plantas não crescem mediante a preocupação ou esforço consciente MCP2 471 4 Em vez de tornar-vos ansiosos com o pensamento de que não estais crescendo na graça, simplesmente cumpri cada um dos deveres que se vos apresentar, levai no coração o peso das almas, e por todo meio concebível procurai salvar os perdidos. Sede bondosos, sede corteses, sede misericordiosos; com humildade falai da bem-aventurada esperança; falai do amor de Jesus; falai em Sua bondade, Sua misericórdia e Sua justiça; e cessai de preocupar-vos com estar ou não crescendo. As plantas não crescem por qualquer esforço consciente. ... A planta não está em contínua preocupação acerca de seu crescimento; simplesmente cresce, sob a supervisão de Deus. -- The Youth's Instructor, 3 de Fevereiro de 1898; Minha Consagração Hoje, 103. Remédio para a ansiedade MCP2 471 5 Deus cuida de tudo e sustenta todas as coisas que criou. ... Nenhuma lágrima é vertida sem que Deus a note. Não há sorriso que Ele não perceba. MCP2 472 1 Se tão-somente crêssemos isto plenamente, desvanecer-se-iam todas as ansiedades inúteis. Nossa vida não estaria tão cheia de decepções como agora; pois tudo, quer grande quer pequeno, seria confiado às mãos de Deus, que Se não embaraça com a multiplicidade dos cuidados, nem é dominado por seu peso. Havíamos de gozar então um repouso de alma ao qual muitos têm sido por muito tempo alheios. -- Conflict and Courage, 86 (1892). A fé afugenta a ansiedade MCP2 472 2 Somos tão ansiosos, todos nós, pela posse da felicidade, mas muitos raro a encontram por causa de seus métodos falhos de buscá-la, em vez de porfiar. Temos de lutar muito fervorosamente, e misturar todos os nossos desejos com fé. Então a felicidade sobrevirá como de improviso, sem quase a buscarmos. ... Quando podemos, malgrado as circunstâncias desagradáveis, descansar confiantemente em Seu amor, encerrando-nos no recinto com Ele, descansando pacificamente em Seu amor, o senso de Sua presença inspirará uma profunda, tranqüila alegria. Esta experiência nos adquire uma fé que nos habilita a não nos agitar, não acabrunhar-nos, mas a confiar num poder que é infinito. -- Carta 57, 1897; Minha Consagração Hoje, 184. Princípio único MCP2 472 3 Os que aceitam como único princípio tornar o serviço e a honra de Deus o supremo objetivo, hão de ver desvanecidas as perplexidades, e uma estrada plana diante de seus pés. -- O Desejado de Todas as Nações, 330 (1898). Tomar um dia de cada vez, importantíssimo princípio MCP2 472 4 O cumprimento fiel dos deveres de hoje é a melhor preparação para as provas de amanhã. Não penseis em todas as dificuldades e cuidados de amanhã, ajuntando-os ao fardo de hoje. "Basta a cada dia o seu mal." Mateus 6:34. -- A Ciência do Bom Viver, 481 (1905). MCP2 472 5 Um dia sozinho nos pertence e durante o mesmo cumpre-nos viver para Deus. Por esse dia devemos colocar na mão de Cristo, em solene serviço, todos os nossos desígnios e planos, depondo sobre Ele toda a nossa solicitude, pois tem cuidado de nós. "Eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais ""Em vos converterdes, e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança estaria a vossa força." Jeremias 29:11; Isaías 30:15. -- O Maior Discurso de Cristo, 101 (1896). MCP2 473 1 Não nos tornemos infelizes por causa dos fardos de amanhã. Corajosa e animosamente suportemos os fardos de hoje. Precisamos de confiança e fé hoje, sim. Não se nos pede, porém, que vivamos mais do que um dia por vez. Aquele que concede forças para hoje, dará forças para amanhã. -- The Signs of the Times, 5 de Novembro de 1902; Nos Lugares Celestiais, 269. Forças para cada prova MCP2 473 2 Nosso Pai celestial mede e pesa cada prova antes de permitir que ela sobrevenha ao crente. Ele considera as circunstâncias e força daquele que vai ficar sob a prova e o teste de Deus, e jamais permite que as tentações sejam mais fortes do que a capacidade de resistência. Se a alma é sobrecarregada, a pessoa subjugada, isso nunca pode ser atribuído a Deus, como tendo deixado de dar forças em graça, mas o tentado não esteve vigiando e orando e, pela fé, não se apropriou das provisões que Deus tinha em abundante reserva para ele. Cristo nunca falhou a um crente em sua hora de combate. O crente tem de reclamar a promessa e enfrentar o inimigo em nome do Senhor, e ele desconhecerá qualquer coisa semelhante a fracasso. -- Manuscrito 6, 1889. ------------------------Capítulo 51 -- Temor Milhões atados pelo temor MCP2 474 1 Milhões de criaturas humanas acham-se presas a falsas religiões, na escravidão de um temor servil, de estulta indiferença, mourejando como animais de carga, destituídos de esperança, alegria ou inspiração aqui, e tendo apenas um néscio temor do além. É unicamente o evangelho da graça de Deus que pode erguer a alma. -- O Desejado de Todas as Nações, 478 (1898). Não confiando em Deus, têm eles mil temores MCP2 474 2 Muitos negligenciam juntar para si um tesouro no Céu, fazendo o bem com os recursos que Deus lhes emprestara. Desconfiam de Deus e têm mil temores acerca do futuro. Como os filhos de Israel, eles têm um mau coração de incredulidade. MCP2 474 3 Deus proveu este povo com abundância, à medida que suas necessidades o requeriam, mas eles tomaram emprestadas dificuldades para o futuro. Em suas viagens queixavam-se e murmuravam, dizendo que Moisés os tirara para, pela fome, matarem-nos e a seus filhos. Necessidades imaginárias cerravam-lhes os olhos e o coração, para não verem a bondade e as misericórdias de Deus em seu jornadear, e foram ingratos para com todas as Suas munificências. MCP2 474 4 Assim também é o desconfiante professo povo de Deus nesta época de incredulidade e degeneração. Receiam vir a passar necessidades, ou que seus filhos se tornem necessitados, ou que seus netos sofram privações. Não ousam confiar em Deus. Não têm nEle genuína fé--Ele que lhes confiou as bênçãos e munificências da vida, e lhes deu talentos para usar para Sua glória, na promoção de Sua causa. -- Testimonies for the Church 2:656, 657 (1871). Satanás tenta governar pelo temor MCP2 475 1 Deus nunca força a vontade ou a consciência; porém o recurso constante de Satanás, para alcançar domínio sobre os que de outra maneira não pode seduzir, é o constrangimento pela crueldade. Por meio do medo ou da força, procura reger a consciência e conseguir para si mesmo homenagem. Para realizar isto, opera tanto pelas autoridades eclesiásticas como pelas seculares, levando-as à imposição de leis humanas em desafio à lei de Deus. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 591 (1888). Consultar os temores, fortalece-os MCP2 475 2 Se tomarmos conselho com as nossas dúvidas e temores, ou procurarmos solver tudo que não podemos compreender claramente, antes de ter fé, as perplexidades tão-somente aumentarão e se complicarão. Mas se chegarmos a Deus convencidos de nosso desamparo e dependência, tais quais somos, e com humilde e confiante fé fizermos conhecidas nossas necessidades Àquele cujo conhecimento é infinito, e o qual tudo vê na criação, governando todas as coisas por Sua vontade e Palavra, Ele pode atender e atenderá ao nosso clamor, e fará a luz brilhar em nosso coração. Pela oração sincera somos postos em ligação com a mente do Infinito. Não temos, no mesmo momento, evidência notável de que a face do nosso Redentor se inclina sobre nós em compaixão e amor; mas é realmente assim. Podemos não sentir Seu contato visível, mas Sua mão está sobre nós em amor e compassiva ternura. -- Conflict and Courage, 96, 97 (1892). Causa da enfermidade do corpo e da mente O que traz doença do corpo e da mente a quase todos, são os MCP2 476 3 sentimentos de descontentamento e as murmurações de quem está mal satisfeito. Eles não têm Deus, não possuem a esperança que vai até além do véu e que é como âncora para a alma, firme e segura. Todos os que possuem essa esperança purificam-se a si mesmos, como Ele é puro. Esses são livres de desassossegados anseios, de queixas e descontentamento; não estão continuamente esperando o mal e cismando em dificuldade tomada emprestada. Mas vemos muitos que estão passando antecipadamente por um tempo de angústia; cada traço de sua fisionomia tem estampada a ansiedade; parece não encontrarem nenhuma consolação, e têm na fisionomia aspectos de contínuo temor, como aguardando algum terrível mal. -- Testimonies for the Church 1:566 (1867). O temor não traz alívio à alma MCP2 476 1 Deveis ter clara compreensão do evangelho. A vida religiosa não é de melancolia e tristeza, mas de paz e regozijo unidos à dignidade cristã e santa solenidade. Não somos por nosso Salvador animados a entreter dúvidas e temores, nem perspectivas desanimadoras; não trazem elas alívio à alma e devem ser repelidas, e não louvadas. Podemos ter gozo inefável e glorioso. -- Manuscrito 6, 1888; Evangelismo, 180. A fé cresce, em conflito com a dúvida e o temor MCP2 476 2 O Senhor freqüentemente nos coloca em posições difíceis para estimular-nos a maior aplicação. Em Sua providência às vezes ocorrem contrariedades especiais, para testar nossa paciência e fé. Deus nos dá lições de confiança. Ele deseja ensinar-nos onde buscar auxílio e forças em tempo de necessidade. Assim obtemos conhecimento prático de Sua divina vontade, de que muito carecemos em nossa experiência vital. A fé torna-se forte em sério conflito com a dúvida e o temor. -- Testimonies for the Church 4:116, 117 (1876). O temor revela incredulidade MCP2 476 3 Como Jesus descansou pela fé no cuidado do Pai, assim devemos repousar no do nosso Salvador. Houvessem os discípulos confiado nEle, e ter-se-iam conservado calmos. Seu temor, no tempo do perigo, revela-lhes a incredulidade. Em seu esforço para se salvarem a si mesmos, esqueceram a Jesus; e foi apenas quando, desesperando de si mesmos, se voltaram para Ele, que os pôde socorrer. MCP2 477 1 Quantas vezes se repete em nós a experiência dos discípulos! Quando as tempestades das tentações se levantam, e fuzilam os terríveis relâmpagos, e as ondas se avolumam por sobre nossa cabeça, sozinhos combatemos contra a tormenta, esquecendo-nos de que existe Alguém que nos pode valer. Confiamos em nossa própria força até que nos foge a esperança, e vemo-nos prestes a perecer. Lembramo-nos então de Jesus, e se O invocarmos para nos salvar, não o faremos em vão. Embora nos reprove, magoado, a incredulidade e a confiança em nós mesmos, nunca deixa de nos conceder o auxílio de que necessitamos. Seja em terra ou no mar, se temos no coração o Salvador, nada há a temer. A fé viva no Redentor serena o mar da vida, e Ele nos guardará do perigo pela maneira que sabe ser melhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 336 (1898). É perigoso manifestar temor no aposento do enfermo MCP2 477 2 Os que tratam dos doentes devem compreender a importância de cuidadosa atenção às leis da saúde. Em parte alguma tem mais importância a obediência a estas leis do que no quarto do enfermo. Em caso nenhum a fidelidade às pequenas coisas, da parte dos assistentes, tem maiores conseqüências. Em casos de doença grave, a menor negligência, a mais ligeira falta de atenção às necessidades especiais ou perigos particulares do enfermo, toda a manifestação de temor, agitação ou impaciência, até uma falta de simpatia, pode fazer pender o fiel da balança que oscila entre a vida e a morte, e causar a descida à sepultura de um doente que de outra sorte poderia ter-se curado. -- A Ciência do Bom Viver, 219 (1905). O temor ofende o Espírito Santo MCP2 477 3 A fé toma a Deus em Sua palavra, não buscando compreender a significação das probantes experiências que sobrevêm. Muitos há, porém, que possuem pouca fé. Estão continuamente temendo, e tomando emprestadas aflições. Estão dia a dia cercados de provas do amor de Deus, gozam cada dia as bondades de Sua providência; mas passam por alto essas bênçãos. E as dificuldades que encontram, em lugar de os conduzir para Deus, dEle os separam, porque despertam desassossegos e queixumes. ... Jesus é seu Amigo. Todo o Céu se acha empenhado em seu bem-estar, e seu temor e queixas ofendem o Espírito Santo. Não é porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, que devemos crer. Devemos confiar em Suas promessas. Quando chegamos a Ele com fé, devemos crer que toda petição penetra no coração de Cristo. Quando temos pedido Sua bênção, devemos crer que as receberemos, e agradecer-Lhe porque a temos. Entreguemo-nos então aos nossos deveres, certos de que a bênção virá quando dela mais necessitarmos. Quando houvermos aprendido a fazer assim, saberemos que nossas orações são atendidas. Deus fará por nós "muito mais abundantemente", "segundo as riquezas da Sua glória", e "a operação da força do Seu poder". -- Obreiros Evangélicos, 261, 262 (1915). Libertação da culpa traz libertação do temor MCP2 478 1 Arão, assim como o povo, recuava de Moisés, e "temeram chegar-se a ele". Vendo sua confusão e terror, mas sem saber a causa, insistiu com eles para que se aproximassem. Apresentou-lhes a garantia da reconciliação com Deus, e lhes assegurou o restabelecimento de Seu favor. Nada perceberam em sua voz a não ser amor e solicitude, e finalmente aventurou-se um a aproximar-se dele. Muito atônito para que pudesse falar, silenciosamente apontou para o rosto de Moisés e então para o céu. O grande chefe compreendeu o que queria dizer. Em sua consciente culpabilidade, sentindo-se ainda sob o desagrado divino, não podiam suportar a luz celestial, a qual, se houvessem eles sido obedientes a Deus, tê-los-ia enchido de alegria. O medo acompanha a culpa. A alma que está livre de pecado não deseja esconder-se da luz do Céu. -- Patriarcas e Profetas, 329, 330 (1890). Que fazer quando temeroso MCP2 478 2 Unicamente a percepção da presença de Deus pode banir aquele receio que faria da vida um peso à tímida criança. Fixe ela em sua memória esta promessa: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Salmos 34:7. Que leia a maravilhosa história de Eliseu na cidade montesina e, entre ele e as hostes de inimigos armados, uma poderosa multidão circunjacente de anjos celestiais. Leia como a Pedro, na prisão e condenado à morte, apareceu o anjo de Deus; como, depois de passarem pelos guardas armados, pelas portas maciças e grandes portões de ferro com seus ferrolhos e travessas, e anjo guiou o servo de Deus em segurança. MCP2 479 1 Leia acerca daquela cena no mar, quando, aos soldados e marinheiros arremessados de um para outro lado pela tempestade, exaustos pelo trabalho, vigília e longo jejum, Paulo, como prisioneiro, em caminho para o seu julgamento e execução, falou aquelas grandiosas palavras de ânimo e esperança: "Agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós. ... Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas, importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo." Com fé nesta promessa, Paulo afirmou a seus companheiros: "Nenhum cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós." Assim aconteceu. Porque houvesse naquele navio um homem por meio do qual Deus podia operar, toda aquela carga de soldados e marinheiros gentios foi preservada. "Todos chegaram à terra, a salvo." Atos dos Apóstolos 27:22-24, 34, 44. -- Educação, 255, 256 (1903). Deus trata com clareza MCP2 479 2 Todavia, o Salvador não nos engana. Não nos diz: "Não temais, vossa estrada é livre de perigos." Ele sabe que há provações e perigos, e é sincero conosco. Não Se propõe tirar Seu povo de um mundo de males e pecados, mas indica-nos infalível refúgio. Sua oração em favor dos discípulos, foi: "Não rogo que os tires do mundo, mas que os livres do mal." "No mundo", diz Ele, "tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo." João 17:15; 16:33. -- Conflict and Courage, 122, 123 (1892). Olhar para fora de si mesmo MCP2 480 1 Olha para fora de ti mesmo, para Jesus. Podes reconhecer que és pecador, ao passo que ao mesmo tempo tens o privilégio de reconhecer a Cristo como teu Salvador. Ele veio, para chamar ao arrependimento não os justos mas os pecadores. Dificuldades e sugestões serão apresentadas por Satanás à mente humana para que ele possa enfraquecer a fé e destruir o ânimo. Ele tem múltiplas tentações que aos montões invadem a mente, uma após outra; mas estudar de perto as tuas emoções e ceder aos sentimentos é entreter o mau hóspede da dúvida, e assim procedendo, emaranhar-te nas perplexidades do desespero. Indagarás: Que poderei fazer com tais terríveis sugestões? Expulsa-as da mente, olhando e contemplando as imaculadas profundezas do amor de um Salvador. Não exaltes os teus sentimentos, falando neles e adorando-os, quer bons quer maus, tristes ou animadores. -- Carta 41, 1893. Vencer o temor, pela confiança em Jesus MCP2 480 2 Jesus convida-nos a ir ter com Ele, que Ele tirar-nos-á dos cansados ombros a carga, colocando sobre nós o Seu jugo, que é suave, e o Seu fardo, que é leve. O trilho pelo qual Ele nos convida a andar nunca nos teria custado um tormento, se sempre tivéssemos nele andado. É quando nos extraviamos da vereda do dever que o caminho se torna difícil e espinhoso. Os sacrifícios que temos que fazer ao seguir a Cristo, são apenas outros tantos passos para retornar à vereda da luz, da paz e felicidade. As dúvidas crescem ao contemporizarmos com elas, e quanto mais contemporizarmos, tanto mais difícil é vencê-las. É seguro largar todo suporte terrestre e tomar a mão dAquele que levantou e salvou o discípulo que se afogava no mar tempestuoso. -- Testimonies for the Church 4:558 (1881). Cristo, o portador de fardos MCP2 480 3 Exponde continuamente ao Senhor vossas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e temores. Não O podeis sobrecarregar, não O podeis fatigar. ... Seu coração amorável se comove ante as nossas tristezas, ante a nossa expressão delas. Levai-Lhe tudo quanto vos causa perplexidade. Coisa alguma é demasiado grande para Ele, pois sustém os mundos e rege o Universo. Nada do que de algum modo se relacione com a nossa paz é tão insignificante que não o observe. Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro para que o possa ler; perplexidade alguma por demais intrincada para que a possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma lhe acossar a alma, nenhuma alegria possuí-lo, nenhuma prece sincera escapar-lhe dos lábios, sem que lhe atraia o imediato interesse. ... As relações entre Deus e cada alma são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra alma por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho. -- Conflict and Courage, 100 (1892). ------------------------Capítulo 52 -- Depressão Muitas doenças são resultado da depressão mental MCP2 482 1 Mente satisfeita, espírito animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. Coisa alguma é tão frutuosa causa de doença como a depressão, a melancolia e a tristeza. -- Testimonies for the Church 1:702 (1868). MCP2 482 2 Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). Remover a depressão apressa a recuperação MCP2 482 3 Por ser o amor de Deus tão grande e inalterável, os doentes devem ser estimulados a confiar nEle e ficar animosos. Estar ansioso quanto a si mesmo tende a causar fraqueza e doença. Se eles se erguerem acima da depressão e da tristeza, será melhor sua perspectiva de restabelecimento; pois "os olhos do Senhor estão sobre os que esperam na Sua misericórdia". Salmos 33:18. -- A Ciência do Bom Viver, 229 (1805). Depressão produzida por uma dignidade férrea MCP2 482 4 Alguns mantêm uma fria, enregelada reserva, uma dignidade férrea, que repele os que são trazidos para o círculo de sua influência. Este espírito é contagioso; cria uma atmosfera que é destruidora dos bons impulsos e boas resoluções; sufoca a corrente natural de simpatia humana, a cordialidade e o amor; e sob sua influência o povo se torna constrangido, e seus atributos sociais e generosos são destruídos por falta de exercício. MCP2 483 1 Não só é afetada a saúde espiritual mas a saúde física sofre por essa depressão desnatural. A escuridão e o frio dessa atmosfera anti-social se reflete no semblante. O rosto dos que são benévolos e compassivos, brilhará com o fulgor da verdadeira bondade, ao passo que os que não acalentam pensamentos bondosos e motivos altruístas expressam no rosto os sentimentos abrigados no coração. -- Testimonies for the Church 4:64 (1876). Depressão mental por causa de aposentos ventilados deficientemente MCP2 483 2 Os efeitos produzidos pelo morar em aposentos fechados e mal ventilados são os seguintes: O organismo torna-se fraco e a saúde má, a circulação é comprimida, o sangue corre lentamente através do organismo, porque não é purificado e vitalizado pelo puro, revigorante ar do céu. A mente torna-se deprimida e sombria, enquanto todo o organismo é enervado, e podem ser geradas febres e outras doenças agudas. -- Testimonies for the Church 1:702, 703 (1868). Depressão e tristeza, resultado de insuficiente oxigênio MCP2 483 3 Deve-se conceder aos pulmões a maior liberdade possível. Sua capacidade se desenvolve pela liberdade de ação; diminui, se eles são constrangidos e comprimidos. Daí os maus efeitos do hábito tão comum, especialmente em trabalhos sedentários, de ficar todo dobrado sobre a tarefa em mão. Nesta postura é impossível respirar profundo. A respiração superficial torna-se em breve um hábito, e os pulmões perdem a capacidade de expansão. ... MCP2 483 4 Assim é recebida uma deficiente provisão de oxigênio. O sangue move-se lentamente. Os resíduos, matéria venenosa que devia ser expelida nas exalações dos pulmões, são retidos, e o sangue se torna impuro. Não somente os pulmões, mas o estômago, o fígado e o cérebro são afetados. A pele torna-se pálida, é retardada a digestão; o coração fica deprimido; o cérebro nublado; confusos os pensamentos; baixam sombras sobre o espírito; todo o organismo se torna deprimido e inativo, e especialmente suscetível à doença. -- A Ciência do Bom Viver, 272, 273 (1905). A boa respiração acalma os nervos MCP2 484 1 Para possuir bom sangue, é preciso respirar bem. Plena e profunda inspiração de ar puro, que enche os pulmões de oxigênio, purifica o sangue. Isto comunica ao mesmo uma cor viva, enviando-o, qual corrente vitalizadora, a todas as partes do corpo. A boa respiração acalma os nervos; estimula o apetite, e faz mais perfeita a digestão -- o que conduz a um sono profundo e refrigerante. -- A Ciência do Bom Viver, 272 (1905). Edema e doença do coração tendem a deprimir Ellen G. White MCP2 484 2 A doença tem-me premido pesadamente. Faz anos me afligem o edema e doença do coração, que têm tido a tendência de deprimir meu humor e abater minha fé e animação. -- Testimonies for the Church 1:185 (1859). Energia tomada emprestada resulta em depressão MCP2 484 3 Pela intemperança iniciada em casa, primeiramente se enfraquecem os órgãos digestivos, e logo o alimento comum não satisfaz o apetite. Estabelecem-se condições insalubres, e há um desejo veemente de mais alimento estimulante. O chá e o café produzem um efeito imediato. Sob a influência desses venenos é excitado o sistema nervoso, e em muitos casos, num momento, o intelecto parece ser revigorado, a imaginação mais vívida. Visto esses estimulantes produzirem resultados tão agradáveis, muitos concluem que realmente deles necessitam, mas sempre há uma reação. MCP2 485 1 O sistema nervoso tomou energia emprestada dos recursos futuros, para o uso presente. E toda esta revigoração temporária é seguida de correspondente depressão. O alívio repentino obtido do chá e do café é evidência de que o que parece força é apenas excitamento nervoso, e conseqüentemente tem de ser prejudicial ao organismo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 31 (1890); Orientação da Criança, 403. Austera frieza no casamento, causa de depressão MCP2 485 2 Quando te casaste, tua esposa te amava. Ela era extremamente sensível, todavia, com esforço de tua parte, e fortaleza da parte dela, a saúde dela não precisava ter sido o que é. Mas tua austera frieza fez de ti um iceberg, enregelando o conduto de amor e afeição. Tuas censuras e críticas têm sido qual desoladora saraivada a uma planta delicada. Tem gelado e quase destruído a vida da planta. Teu amor ao mundo está corroendo os bons traços de teu caráter. MCP2 485 3 Tua esposa é de disposição diferente, e mais generosa. Mas quando ela, mesmo em questões de somenos importância, tem dado expressão aos seus instintos generosos, tens sentido um recuo em teus sentimentos e a tens censurado. Condescendes com um espírito estreito e murmurador. Fazes a esposa sentir que é um peso, um fardo, e que não tem direito de praticar sua generosidade a expensas do marido. Todas essas coisas são de natureza tão desanimadora que ela se sente sem esperança e desajudada, e não tem a robustez necessária para suportar a carga, e se abate à força da rajada. Sua enfermidade é dor dos nervos. Se fosse agradável sua vida conjugal, ela possuiria bom grau de saúde. Mas através de toda a tua vida conjugal o demônio tem sido hóspede de tua família, para alegrar-se com a tua miséria. -- Testimonies for the Church 1:696 (1868). A depressão às vezes é resultado de excesso sexual MCP2 485 4 Muitíssimas famílias vivem em situação infelicíssima porque o marido e pai permite que em sua natureza predomine o animal sobre o intelectual e moral. O resultado é que uma sensação de langor e depressão freqüentemente se instale, mas a causa raramente é descoberta como sendo resultado de seu próprio procedimento. Estamos sob solene obrigação, diante de Deus, de conservar o espírito puro e sadio o corpo, a fim de podermos ser de benefício à humanidade, e prestar a Deus um serviço perfeito. MCP2 486 1 O apóstolo pronuncia estas palavras de advertência: "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões." Romanos 6:12. Ele insta que sigamos para a frente, dizendo-nos que "todo aquele que luta de tudo se abstém". 1 Coríntios 9:25. Exorta ele a todos os que se chamam cristãos, a apresentar o corpo "por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. Diz ele: "Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desclassificado." 1 Coríntios 9:27. -- Testimonies for the Church 2:381 (1870). Pode seguir ao êxito uma depressão temporária MCP2 486 2 Uma reação como a que freqüentemente segue elevada fé e gloriosos sucessos, estava exercendo pressão sobre Elias. Ele temeu que a reforma iniciada no Carmelo não fosse duradoura; e a depressão se apoderou dele. Havia sido exaltado ao topo do Pisga; agora estava no vale. Enquanto sob a inspiração do Onipotente, ele tinha resistido à mais severa prova de fé; mas neste tempo de desencorajamento, com a ameaça de Jezabel soando-lhe aos ouvidos, e Satanás ainda aparentemente prevalecendo mediante a trama desta ímpia mulher, ele perdeu sua firmeza em Deus. Havia sido exaltado acima da medida, e a reação foi tremenda. -- Profetas e Reis, 161, 162 (1917). Controle de uma mente deprimida MCP2 486 3 A mãe pode e deve fazer muito no sentido de controlar os nervos e o espírito, quando deprimida: mesmo quando doente, ela pode, uma vez que se eduque, ser amável e contente, e pode suportar mais ruído do que pensara outrora ser possível. Ela não deve fazer os filhos sofrerem-lhe as enfermidades, e nublar-lhes o tenro e sensível espírito com suas depressões de espírito, fazendo-os achar que a casa é um túmulo, e o quarto da mãe o lugar mais triste do mundo. A mente e os nervos adquirem vigor e resistência pelo exercício da vontade. A força de vontade demonstrar-se-á em muitos casos poderoso calmante para os nervos. -- Testimonies for the Church 1:387 (1863); Testemunhos Selectos 1:136. Dois extremos no comportamento MCP2 487 1 Aqueles que não consideram ser dever religioso educar a mente a demorar-se em assuntos cativantes, de ordinário serão encontrados em um dos dois extremos: estarão jubilosos em virtude de um círculo de prazeres excitantes, condescendendo em conversação frívola, rindo e gracejando, ou estarão deprimidos, tendo grandes aflições e conflitos mentais, que eles acham que poucos já experimentaram ou podem entender. Essas pessoas podem professar o cristianismo, mas enganam sua própria alma. -- The Signs of the Times, 23 de Outubro de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 628, 629. O poder animador ou desanimador da página impressa MCP2 487 2 Meu esposo trabalhou incansavelmente para elevar o interesse nas publicações ao seu presente estado de prosperidade. Percebi que ele tivera mais simpatia e amor dos irmãos do que ele pensava ter. Eles ansiosamente examinam o jornal para ver se há algo de sua pena. Se há uma tonalidade de animação em seus escritos, se ele fala animadoramente, sentem o coração aliviado, e alguns mesmo choram com ternos sentimentos de alegria. Mas se expressa palavras de tristeza e sombras, o semblante dos irmãos e irmãs, ao lerem, torna-se triste, e neles se reflete o espírito que caracteriza seus escritos. -- Testimonies for the Church 3:96, 97 (1872). O homem desanimado é uma carga para si mesmo (conselho a estudantes de medicina) MCP2 487 3 Tem-me sido apresentado o fato de que, em vossa classe de estudantes médico-missionários, acham-se aqueles cuja primeira obra deveria ser conhecer-se a si mesmos, calcular o custo, e saber, ao começar a construir, se serão capazes de terminar. Não seja Deus desonrado, quebrantando o homem no processo de educá-lo; pois um homem quebrantado, desanimado, é um peso para si mesmo. MCP2 488 1 Pensar que, em qualquer obra que ele possa planejar fazer, Deus o susterá, enquanto ele empilha sobre si estudos e assuntos para exposições, que põem em perigo a saúde e a vida, e violam as leis da Natureza, isto é contrário à luz que Deus proporcionou. A Natureza não admite imposições. Ela não perdoa os prejuízos causados ao delicado e maravilhoso maquinário. -- Carta 116, 1898; Medicina e Salvação, 79. Falta de esperança oculta sob a aparência de bravata MCP2 488 2 Uma criança freqüentemente censurada por alguma falta especial vem a considerar aquela falta como uma peculiaridade sua, ou alguma coisa contra que seria vão esforçar-se. Assim se cria o desânimo e a falta de esperança, muitas vezes ocultos sob a aparência de indiferença ou bravata. -- Educação, 291 (1903). A vitória exige esforço (conselho a uma família) MCP2 488 3 Podeis ser uma família feliz se fizerdes o que Deus vos deu para fazer, incumbindo-vos disso como dever. Mas o Senhor não fará por vós aquilo de que vos encarregou mesmo. O irmão C merece compaixão. Ele há tanto tempo se sente infeliz que a vida se lhe tornou um fardo. Não precisava ser assim. Sua imaginação é doentia, e ele por tanto tempo tem conservado os olhos no quadro sombrio que, se depara com adversidade ou decepção, imagina que tudo vai esboroar, que ele virá a sofrer necessidade, que tudo é contra ele, que tem uma vida mais dura que qualquer outro; e assim se lhe torna miserável a vida. Quanto mais pensa assim, tanto mais miserável ele torna a vida, sua própria e a de todos os que o cercam. MCP2 488 4 Ele não tem razão para sentir-se assim; é tudo obra de Satanás. Não deve permitir que o inimigo assim lhe controle a mente. Deve volver costas ao quadro sombrio e escuro, para o do amoroso Salvador, a glória do Céu, e a rica herança preparada para todos os que são humildes e obedientes, e que possuem coração agradecido e permanente fé nas promessas de Deus. Isto lhe custará um esforço, uma luta; mas tem que ser feito. Vossa presente felicidade, e vossa futura e eterna felicidade dependem de fixardes a mente em coisas aprazíveis, desviando os olhos do quadro escuro, que é imaginário, para os benefícios que Deus espalhou em vossa vereda, e para além disso, para o invisível e eterno. -- Testimonies for the Church 1:703, 704 (1868). Frutos de pressentimentos sombrios MCP2 489 1 Tua vida é agora infeliz, tomada de maus pressentimentos. Quadros sombrios surgem a tua frente; envolveu-te a escura incredulidade. Falando do lado da incredulidade, tornaste-te cada vez mais sombrio; tens satisfação em demorar sobre temas desagradáveis. Se outros tentam falar esperançosamente, esmagas neles todo sentimento esperançoso, falando tanto mais fervorosa e severamente. Tuas provas e aflições conservam sempre perante tua esposa o angustiante pensamento de que a consideras uma carga, por causa de sua enfermidade. Se amas as trevas e o desespero, falas deles, demoras o pensamento neles, e angustias a alma conjurando na imaginação tudo que possas, para levar-te a murmurar contra a família e contra Deus, e tornares o teu coração qual campo pelo qual passou o fogo, destruindo toda a verdura e deixando-o seco, enegrecido e calcinado. -- Testimonies for the Church 1:699 (1868). Vencendo a instabilidade emocional MCP2 489 2 Pertences a uma família que tem mente não bem equilibrada, sombria e deprimida, afetada pelo ambiente, e susceptível a influências. A menos que cultives uma estrutura mental animosa, feliz e agradecida, Satanás afinal te levará cativo a seu bel-prazer. Podes ser um auxílio, uma força para a igreja onde resides, se obedeceres às instruções do Senhor e não te deixares dirigir pelo sentimento, mas ser controlado pelo princípio. Nunca permitas que uma censura te escape dos lábios, pois é qual desoladora saraivada aos que te cercam. Caiam de teus lábios palavras animosas, ternas e amoráveis. -- Testimonies for the Church 1:704 (1868). Não há necessidade de ser escravo da depressão MCP2 490 1 Lembra-te de que em tua vida a religião não deve ser uma simples influência entre outras. Deve ser uma influência dominadora sobre todas as outras. Sê estritamente temperante. Resiste a toda a tentação. Não faças nenhuma concessão ao astuto inimigo. Não dês ouvido às sugestões que ele põe nos lábios de homens e mulheres. Tens uma vitória a alcançar. Tens nobreza de caráter a alcançar; mas isto não consegues enquanto estiveres deprimido e desanimado pelo fracasso. Quebra os laços com que Satanás te tem preso. Não há necessidade de que sejas escravo seu. "Vós sois Meus amigos", disse Cristo, "se fazeis o que Eu vos mando." -- Carta 228, 1903; Medicina e Salvação, 43. Remédio sugerido a um pastor que sofria depressão MCP2 490 2 Deves trabalhar com cautela e observar períodos de descanso. Assim procedendo, reterás teu vigor físico e mental e tornará teu trabalho muito mais eficiente. Irmão F, és homem nervoso e ages muito por impulso. A depressão mental influencia muito em teu trabalho. Certas ocasiões sentes necessidade de liberdade e pensas que é porque outros estejam em trevas ou em erro, ou que existe algo que não sabes bem o que é, e fazes uma campanha alhures e contra alguém, e isto pode fazer grande mal. Se, quando nesse estado de desassossego e nervosismo, te aquietasses e repousasses, calmamente esperando em Deus e indagasses se o mal não está em ti mesmo, deixarias de ferir tua própria alma e ferir a preciosa causa de Deus. -- Testimonies for the Church 1:622 (1867). Demorando-se no desagradável MCP2 490 3 Quando vês a iniqüidade em todo o teu redor, isto te torna tanto mais alegre de ser Ele nosso Salvador, e nós sermos Seus filhos. Deveremos então olhar à iniqüidade ao nosso redor, demorando-nos no lado escuro? Não o podes impedir; então, fala em algo que seja mais elevado, melhor e mais nobre. ... MCP2 490 4 Ora, podemos ir a um porão, ali nos deixando ficar, e olhar aos cantos escuros, e falar das trevas, dizendo: "Oh, aqui está tão escuro!", e continuar falando nesse diapasão. Mas isso tornará o ambiente mais claro? Oh, não! Que é que farás? Vem para fora, afasta-te do escuro e sobe ao cenáculo, onde a luz do semblante de Deus resplandece brilhante. MCP2 491 1 Sabes que nosso corpo é composto do alimento que assimila. Ora dá-se o mesmo com a nossa mente. Se fazemos a mente demorar-se nas coisas desagradáveis da vida, não teremos nenhuma esperança. Precisamos demorar-nos nas cenas prazenteiras do Céu. Diz Paulo: "Nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória." 2 Coríntios 4:17. -- Manuscrito 7, 1888. Cristo se compadece (animação a uma cristã a sofrer depressão) MCP2 491 2 Minha querida e idosa irmã _____. Estou muito triste porque estás doente e sofrendo. Mas apega-te Àquele a quem tens amado e servido estes muitos anos. Ele deu ao mundo Sua própria vida, e ama a todos os que nEle confiam. Ele Se compadece dos que sofrem sob a depressão da enfermidade. Ele sente cada latejo de angústia que Seus amados sintam. Simplesmente descansa em Seus braços e saibas que Ele é teu Salvador, o melhor dos teus amigos, e que Ele nunca te deixará nem abandonará. Ele tem sido a tua confiança há muitos anos, e tua alma pode repousar em esperança. MCP2 491 3 Ressurgirás com outros fiéis que creram nEle, para louvá-Lo com voz de triunfo. Tudo que se espera de ti é descansares em Seu amor. Não te entristeças. Jesus te ama, e agora que estás fraca e em sofrimento, Ele te sustém em Seus braços, tal qual um amoroso pai segura uma criancinha. Confia nAquele em quem tens crido. Não te amou Ele e de ti cuidou através de toda a tua vida? Simplesmente descansa nas preciosas promessas que te foram dadas. -- Carta 299, 1904. Não ceder à depressão MCP2 491 4 Na calada da noite eu estava conversando contigo. Dizia-te: Apraz-me muito saber que estejas em tão boa localização, e perto do Sanatório. Não cedas à depressão, mas deixa que a confortadora influência do Espírito Santo seja bem-vinda em teu coração, para te dar conforto e paz. ... MCP2 492 1 Minha irmã, se quiseres obter preciosas vitórias, encara a luz que emana do Sol da justiça. Fala em esperança e fé, e ações de graças a Deus. Sê animosa, esperançosa em Cristo. Educa-te em louvá-Lo. Este é grande remédio para as doenças da alma e do corpo. -- Carta 322, 1906. Atmosfera de depressão MCP2 492 2 Que os pastores pelos quais Deus está operando venham à assembléia com os nervos abatidos, com a depressão aumentando, e digo-lhes que eles têm ao redor de si uma atmosfera semelhante a um grosso lençol de névoa a envolver um céu claro. Precisamos nutrir fé. Que os lábios pronunciem: "Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador." MCP2 492 3 Temos de revelar o senso de um Salvador presente, uma firme confiança de que Jesus está ao leme, e que Ele quer ver o nobre barco seguro no porto. Temos de saber que é impossível salvar-nos a nós mesmos, ou a quem quer que seja. Não temos poder para prover salvação aos que perecem. Jesus, nosso Redentor, é o Salvador. Somos apenas Seus instrumentos, dependentes, todos os momentos, de Deus. Cumpre-nos engrandecer o Seu poder perante Seu povo escolhido e perante o mundo pela grande salvação que, mediante Seu sacrifício expiatório e Seu sangue, Ele nos conferiu. -- Carta 19a, 1892. Não hei de ficar deprimida MCP2 492 4 Às vezes fico muito perplexa, sem saber que fazer, mas não hei de ficar deprimida. Estou resolvida a pôr em minha vida toda a influência benéfica que me seja possível. -- Carta 127, 1903. MCP2 492 5 Tenho muito motivo para ter triste o coração, mas procuro não falar desanimadoramente, porque alguém que ouça minhas palavras pode ter o coração triste, e não devo fazer coisa alguma que lhe aumente a tristeza. -- Carta 208, 1903. Pela fé, atravessar as trevas MCP2 493 1 Se eu olhasse às negras nuvens -- as perturbações e perplexidades que me vêm em meu trabalho -- eu não teria tempo para fazer qualquer outra coisa. Sei, porém, que há luz e glória para além das nuvens. Pela fé, atravesso as trevas, rumo da glória. Certas ocasiões sou chamada a passar por perplexidades financeiras. Mas não me preocupo quanto ao dinheiro. Deus cuida de meus negócios. Faço quanto possa, e se o Senhor vê que me é bom ter dinheiro, Ele mo envia. -- Manuscrito 102, 1901. Fé, uma necessidade MCP2 493 2 Quando, cerca de três anos atrás, visitei o Paradise Valley Sanitarium, falei aos obreiros quase todas as manhãs às cinco horas, e em hora mais tardia aos pacientes. Havia entre estes um homem que parecia sempre deprimido. Eu soube que ele cria na teoria das doutrinas bíblicas, mas não conseguia exercer a fé de que precisava, para apropriar-se das promessas de Deus. MCP2 493 3 Manhã após manhã falei aos pacientes acerca de fé, e instei com eles a que cressem nas palavras de Deus. Entretanto, esse pobre homem parecia incapaz de admitir que possuía fé. Falei com ele a sós. Apresentei-lhe a verdade de todos os modos possíveis, e então lhe perguntei se não cria que Cristo era seu pessoal Salvador e que o havia de ajudar. Nosso Salvador disse, a todos os cansados e oprimidos: "Tomai sobre vós o Meu jugo." Não uses um jugo de tua própria feitura. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28, 29. MCP2 493 4 Chegou afinal o tempo em que eu devia ir embora. Eu lhe disse: "Agora, meu amigo, podes dizer-me que aprendeste a confiar no Salvador que tanto Se empenhou em satisfazer a situação de toda alma? Podes e queres confiar nEle? Podes dizer-me, antes de eu partir, que recebeste fé para crer em Deus?" MCP2 493 5 Ele olhou para cima e disse: "Sim, eu creio. Eu tenho fé." MCP2 493 6 "Graças a Deus", respondi. Senti que, embora houvesse outros ouvintes a assistir às minhas palestras na sala, neste caso eu fora amplamente recompensada por todos os meus esforços. -- Manuscrito 41, 1908. Brincando, nas mãos de Satanás MCP2 494 1 Não vades a outros, com vossas provas e tentações; Deus, tão-somente, pode ajudar-vos. Se cumpris as condições das promessas de Deus, elas vos serão cumpridas. Se vossa mente está firme em Deus, não ireis, de um estado de êxtase para o vale do desânimo, quando vos sobrevêm provas e tentações. Não falareis a outros acerca de sombras e dúvidas. Não direis: "Não entendo disto ou daquilo. Não me sinto feliz. Não estou certo de que tenhamos a verdade." Não fareis isso, pois tendes uma âncora para a alma, firme e segura. MCP2 494 2 Quando falamos de desânimo e tristeza, Satanás escuta com perversa alegria; pois agrada-lhe saber que vos pôs em sua escravidão. Satanás não pode ler nossos pensamentos, mas pode ver nossos atos, ouvir nossas palavras; e graças ao seu longo conhecimento da família humana, ele pode adaptar suas tentações de modo a prevalecer-se de nossos pontos fracos de caráter. E quantas vezes lhe permitimos penetrar no segredo de como pode alcançar vitória sobre nós! Oh! que controlássemos nossas palavras e ações! Como nos tornaríamos fortes se nossas palavras fossem de tal espécie que não nos tivéssemos que envergonhar ao defrontar o registro delas no dia do juízo! No dia de Deus, quão diferentes elas se mostrarão, do que pareciam quando as pronunciamos! -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913. Jesus compreende os sentimentos de desesperança MCP2 494 3 A fé e a esperança vacilaram, nas finais agonias de Cristo, porque Deus removera a certeza que, até aí, dera a Seu amado Filho, de Sua aprovação e aceitação. O Redentor do mundo confiava nas evidências que até aí O haviam fortalecido, a saber, que o Pai aceitara os Seus trabalhos e Se agradara de Sua obra. Em Sua agonia mortal, ao entregar Sua preciosa vida, Ele tem de, só pela fé, confiar nAquele a quem sempre foi Sua alegria obedecer. Não é Ele animado por claros, brilhantes raios de esperança, à direita ou à esquerda. Tudo se acha envolto em opressivas sombras. Em meio às espantosas trevas que são partilhadas pela compassiva Natureza, o Redentor sorve a misteriosa taça até às fezes. Negada mesmo a brilhante esperança e confiança no triunfo que o futuro Lhe reservava, Ele brada em alta voz: "Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito." Ele está familiarizado com o caráter do Pai, Sua misericórdia e Seu grande amor, e submisso Se deixa cair em Suas mãos. Em meio às convulsões da Natureza, os estupefatos espectadores ouvem as palavras finais do Homem do Calvário. -- Testimonies for the Church 2:210, 211 (1869). Deus não mudou MCP2 495 1 Não é de desprezar o sentimento de segurança; devemos dar graças a Deus por ele; quando, porém, vossos sentimentos se deprimem, não julgueis haver Deus mudado. Louvai-O da mesma maneira, porque confiais em Sua Palavra, e não em vossos sentimentos. Fizestes o concerto de andar pela fé, não de ser regidos pelos sentimentos. Estes variam com as circunstâncias. -- Carta 42, 1890; Nossa Alta Vocação, 124. Nenhuma disposição de falar em dúvidas MCP2 495 2 Pelos méritos de Cristo, graças a Sua justiça, que pela fé nos é imputada, devemos alcançar a perfeição do caráter cristão. Nossa obra de cada dia e cada hora, é exposta nas palavras do apóstolo: "Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé." À medida que isso fazemos, nossa mente se torna clara e mais forte a fé, e confirma-se nossa esperança; somos tão tomados pela visão de Sua pureza e formosura, e do sacrifício que fez para nos pôr em harmonia com Deus, que não temos disposição de falar em dúvidas e desânimos. -- Testimonies for the Church 5:744 (1889). O cristão verdadeiro e a depressão MCP2 495 3 O verdadeiro cristão não permite que nenhuma consideração terrena se interponha entre sua alma e Deus. Os mandamentos de Deus exercem uma autorizada influência sobre suas afeições e seus atos. Se cada um dos que buscam o reino de Deus e Sua justiça estivesse sempre pronto para fazer as obras de Cristo, quanto mais fácil seria a vereda para o Céu! As bênçãos de Deus fluiriam para a alma, e os louvores ao Senhor estariam continuamente em vossos lábios. Serviríeis então ao Senhor por princípio. Vossos sentimentos poderiam nem sempre ser de natureza alegre; as nuvens por vezes ensombrariam o horizonte de vossa vida; mas a esperança do cristão não repousa sobre a base arenosa dos sentimentos. Os que agem movidos por princípios, contemplarão a glória de Deus para além das sombras, e descansarão na segura palavra da promessa. Não se deixarão deter de honrar a Deus, por mais escura que a estrada possa parecer. A adversidade e as tribulações tão-somente lhes oferecerão oportunidade para mostrar a sinceridade de sua fé e amor. MCP2 496 1 Quando a depressão baixa sobre a alma, isto não é evidência de que Deus tenha mudado. Ele é o mesmo "ontem, e hoje e eternamente". Estareis seguros do favor de Deus quando sois sensíveis aos raios do Sol da justiça; mas se nuvens pairarem sobre vossa alma, não vos deveis sentir abandonados. Vossa fé tem de atravessar as sombras, vossos olhos devem ser simples e todo o corpo será pleno de luz. As riquezas das graças de Cristo têm de ser conservadas na mente. Entesourai as lições que Seu amor provê. Seja vossa fé qual a de Jó, para que possais declarar: "Ainda que me matasse, nEle esperarei." Apegai-vos às promessas de vosso Pai celestial, e lembrai-vos de Seu antigo trato convosco e com os Seus servos; pois "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus". -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1888. ------------------------Capítulo 53 -- Controvérsia -- positiva e negativa Unidade com Deus resulta em união MCP2 497 1 Deus é a personificação da benevolência, misericórdia e amor. Os que se acham verdadeiramente ligados a Ele não podem estar em divergência, uns com os outros. Seu Espírito reinando no coração, criará harmonia, amor e união. O contrário disto se vê entre os filhos de Satanás. É sua obra provocar inveja, discórdia e ciúme. Em nome de meu Senhor eu pergunto aos professos seguidores de Cristo: Que frutos produzis? -- Testimonies for the Church 5:28 (1882). Semeando e colhendo dissensões MCP2 497 2 Quem espalha as sementes da dissensão e discórdia, colhe em sua própria alma os frutos mortíferos. O próprio ato de olhar para o mal nos outros, desenvolve o mal em quem olha. -- A Ciência do Bom Viver, 492 (1905). Satanás deleita-se com a contenda MCP2 497 3 Satanás procura constantemente causar desconfiança, alienação e malícia entre o povo de Deus. Seremos muitas vezes tentados a julgar que nossos direitos são desacatados, quando não existe real motivo para esses sentimentos. ... Contendas, lutas e processos judiciais entre irmãos são uma desgraça para a causa da verdade. Os que seguem esse procedimento expõem a igreja ao ridículo de seus inimigos e levam a triunfar os poderes das trevas. Eles traspassam de novo as feridas de Cristo e O expõem ao opróbrio público. -- Testimonies for the Church 5:242, 243 (1882). Polêmicas levam à combatividade MCP2 498 1 A obra especial, enganosa de Satanás tem sido a provocação de debates, para que haja contendas em torno de palavras, que nenhum proveito trazem. Bem sabe ele que isto ocupará a mente e o tempo. Desperta a combatividade e sufoca, na mente de muitas pessoas, o ardor da convicção, levando-as à diversidade de opiniões, acusação e preconceito, o que cerra a porta para a verdade. -- The Review and Herald, 11 de Setembro de 1888; Evangelismo, 155. Contendas entre irmãos retardam o segundo advento MCP2 498 2 Por quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. ... É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado e dor por tantos anos. -- Manuscrito 4, 1883; Evangelismo, 696. Não há tempo para contenda e controvérsia MCP2 498 3 Homens e mulheres que professam servir ao Senhor, contentam-se com ocupar tempo e atenção com assuntos de somenos importância. Satisfazem-se com estar em divergência uns com os outros. Se fossem dedicados à obra do Senhor, não estariam porfiando e contendendo qual família de meninos indisciplinados. Todas as mãos estariam empenhadas no serviço. Cada qual estaria em seu posto de dever, trabalhando de coração e alma como missionário da cruz de Cristo. ... Os obreiros levariam consigo, para o seu serviço, as orações e simpatias de uma igreja desperta. Receberiam de Cristo a sua orientação, e não encontrariam tempo para contendas e porfias. -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. MCP2 498 4 Não deixeis que se levantem controvérsias sobre bagatelas. O espírito de amor e a graça de nosso Senhor Jesus Cristo ligarão coração a coração, se cada qual abrir as janelas do coração rumo do Céu e fechar as que contemplam o terreno. -- Carta 183, 1899. Pôr a descansar as polêmicas MCP2 499 1 O poder da graça de Deus fará mais em favor da alma do que as polêmicas farão em toda uma vida. Pelo poder da verdade, quantas coisas poderiam ser ajustadas, e velhas controvérsias encontrar quietude na adoção de maneiras melhores. O grande, grandioso princípio: "Paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem", é muito melhor praticado quando os que crêem em Cristo são coobreiros juntamente com Deus. Então todas essas bagatelas em que alguns estão sempre insistindo, que não são autoritativamente liqüidadas pela Palavra de Deus, não serão exageradas, como se fossem assunto importante. -- Carta 183, 1899. As polêmicas suscitam a defesa própria MCP2 499 2 Na Sua maneira de tratar com Tomé, Jesus deu uma lição para Seus seguidores. Seu exemplo nos mostra como devemos tratar aqueles cuja fé é fraca, e põem suas dúvidas em destaque. Jesus não esmagou a Tomé com censuras, nem entrou com ele em discussão. Revelou-Se ao duvidoso. Tomé fora muito irrazoável em ditar as condições de sua fé, mas Jesus, por Seu generoso amor e consideração, derribou todas as barreiras. Raramente se vence a incredulidade pela discussão. Antes, isso como que a põe em guarda, encontrando novo apoio e desculpa. Mas revele-Se Jesus, em Seu amor e misericórdia, como o Salvador crucificado e, de muitos lábios dantes contrários, ouvir-se-á a frase de reconhecimento, proferida por Tomé: "Senhor meu e Deus meu!" -- O Desejado de Todas as Nações, 808 (1898). Aos doentes, não proferir palavras controversas MCP2 499 3 Ao pé do enfermo, não se deve dizer nenhuma palavra relativa a credos ou pontos controvertidos. Que o sofredor seja encaminhado Àquele que está disposto a salvar a todos quantos a Ele vão ter com fé. Esforçai-vos zelosa e ternamente por ajudar a alma que paira entre a vida e a morte. -- A Ciência do Bom Viver, 120 (1905). A controvérsia é sem proveito MCP2 499 4 Não somos chamados a entrar em controvérsia com aqueles que mantêm teorias falsas. A controvérsia é sem proveito. Cristo nunca participou dela. "Está escrito" é a arma que o Redentor do mundo usava. Conservemo-nos bem achegados à Palavra. Deixemos que o Senhor Jesus e Seus mensageiros testifiquem. Sabemos que seu testemunho é verdadeiro. -- Lar sem Sombras, 93 (1915). Controvérsias raramente abrandam MCP2 500 1 Os muitos sermões argumentativos pregados, raramente abrandam e persuadem a alma. -- Carta 15, 1892; Evangelismo, 172. A atitude positiva tem mais poder MCP2 500 2 Não cultiveis um espírito de controvérsia ou polêmica. Pouco bem é realizado pelos discursos acusatórios. O mais seguro meio de destruir falsas doutrinas, é pregar a verdade. Apegai-vos à afirmativa. Fazei com que as preciosas verdades do evangelho matem a força do mal. Manifestai um espírito brando, compassivo para com os que erram. Ponde-vos em contato com os corações. -- Carta 190, 1902; Evangelismo, 304. Controvérsia que desperta as mentes MCP2 500 3 Em todos os séculos os escolhidos mensageiros de Deus têm sido ultrajados e perseguidos; não obstante, mediante seus sofrimentos foi o conhecimento de Deus disseminado no mundo. Todo discípulo de Cristo tem de ingressar nas fileiras e levar avante a mesma obra, sabendo que seu inimigo nada pode fazer contra a verdade, senão pela verdade. Deus pretende que a verdade seja posta pela frente, se torne objeto de exame e consideração, a despeito do desprezo que lhe votem. O espírito do povo deve ser agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para restringir a liberdade de consciência, é um instrumento de Deus para despertar as mentes que, do contrário, ficariam modorrentas. -- O Maior Discurso de Cristo, 37 (1896). Crianças influenciadas por pais em desacordo MCP2 500 4 Os pais criam em alto grau a atmosfera do círculo doméstico, e quando há desinteligência entre os pais, os filhos participam do mesmo espírito. Tornai fragrante a atmosfera do lar mediante terna solicitude. Se vos alienastes e deixastes de ser cristãos bíblicos, convertei-vos, pois o caráter que apresentardes no tempo de graça será o caráter que tereis por ocasião da vinda de Cristo. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 16. Polêmicas geram dificuldades MCP2 501 1 Como uma família, podeis ser felizes ou desditosos. Fica ao vosso encargo. Vosso próprio procedimento determinará o futuro. Ambos vós precisais abrandar as agudas arestas de vosso caráter, e só proferir palavras das quais não tereis que vos envergonhar de reencontrar no dia de Deus. ... Podeis discordar acerca de coisas pequeninas que não merecem discussão, e o resultado será aborrecimento. A vereda do justo é vereda de paz. É tão clara que o homem humilde, temente a Deus nela pode andar sem tropeçar e sem fazer trilhos tortos. É vereda estreita; mas homens de temperamentos vários podem andar lado a lado, contanto que sigam o Capitão de sua salvação. -- Testimonies for the Church 4:502, 503 (1880). Ralhar e irritar-se cria rebelião MCP2 501 2 Palavras ásperas e iradas não são de origem celeste. Ralhar e irritar-se nunca ajudam. Em vez disso, despertam os piores sentimentos do coração humano. Quando os vossos filhos cometem um erro e estão cheios de rebelião, e sois tentados a falar e agir asperamente, esperai antes de corrigi-los. Dai-lhes uma oportunidade para pensar, e deixai que vosso temperamento se acalme. MCP2 501 3 Ao tratardes bondosa e ternamente com vossos filhos, tanto eles como vós recebereis as bênçãos do Senhor. E achais vós que no dia do juízo de Deus alguém se arrependerá de ter sido paciente e bondoso para com os filhos? -- Manuscrito 114, 1903; Orientação da Criança, 246. Estar perto de Cristo promove a união MCP2 501 4 A causa da divisão e discórdia na família e na igreja é a separação de Cristo. Aproximar-se de Cristo é aproximarem-se uns dos outros. O segredo da verdadeira união na igreja e na família não é a diplomacia, o trato habilidoso, o sobre-humano esforço de vencer dificuldades -- embora haja muito disto a ser feito -- mas a união com Cristo. MCP2 501 5 Figurai um grande círculo, de cuja periferia saiam muitas linhas que se dirigem todas para o centro. Quanto mais próximo do centro, mais próximas estão estas linhas umas das outras. MCP2 502 1 Assim é na vida cristã. Quanto mais perto nos achegarmos de Cristo, mais perto estamos uns dos outros. Deus é glorificado quando Seu povo se une em ação harmoniosa. -- Carta 49, 1904; O Lar Adventista, 179. É essencial a harmonia dos pais MCP2 502 2 Entre o marido e a esposa deve existir perfeita confiança. Juntos, devem considerar suas responsabilidades. Operar juntos pelo mais alto benefício dos filhos. Jamais devem, em presença dos filhos, criticar-se mutuamente os planos, ou discutir a maneira de julgar um do outro. Tenha a esposa o cuidado de não tornar mais difícil a obra do marido pelos filhos. Apóie o marido as mãos da esposa, dando-lhe sábios conselhos e afetuosa animação. -- A Ciência do Bom Viver, 393, 394 (1905). Nenhuma divergência MCP2 502 3 Se pai e mãe estão em divergência, trabalhando um para contrapor-se à influência do outro, a família ficará em má condição, e nem o pai nem a mãe receberá o respeito e a confiança necessários ao bom governo da família. ... As crianças são ativas no discernir qualquer coisa que lance reflexos sobre regras e regulamentos do lar, especialmente aqueles regulamentos que lhes restringem as ações. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894; O Lar Adventista, 312. Guia positiva no lar MCP2 502 4 Não tendes o direito de trazer uma nuvem sombria sobre a felicidade de vossos filhos mediante o achar faltas ou censurá-los severamente por erros insignificantes. Deve-se fazer que o verdadeiro mal apareça justamente tão pecaminoso como é, e deve-se assumir uma atitude decidida e firme para evitar sua repetição; contudo, não se deve deixar a criança num desesperançoso estado de espírito, mas com certa coragem de que possa melhorar e alcançar vossa confiança e aprovação. Podem as crianças desejar fazer o que é direito, podem assentar em seu coração serem obedientes; mas necessitam de auxílio e de animação. -- The Signs of the Times, 10 de Abril de 1884; Orientação da Criança, 312. Paz na igreja MCP2 503 1 Haja paz no lar, e haverá paz na igreja. Essa preciosa experiência levada para a igreja será um meio de criar bondoso afeto de uns para com os outros. Cessarão as contendas. Ver-se-á verdadeira cortesia cristã entre os membros da igreja. O mundo conhecerá que eles têm estado com Jesus e que dEle tem aprendido. Que impressão exerceria a igreja sobre o mundo se todos os membros levassem vida cristã! -- Manuscrito 60, 1903; Orientação da Criança, 549. A morte apaga sentimentos de divergência MCP2 503 2 Quando a morte cerra os olhos, e as mãos se dobram sobre o peito silencioso, quão pronto mudam os sentimentos de desinteligência! Não há má vontade nem amargura; as desatenções e as injustiças são perdoadas, esquecidas. Quantas palavras de amor são ditas acerca do morto! Quantas boas coisas em sua vida são evocadas! Louvores e boas apreciações são agora francamente expressas; caem, porém, em ouvidos que nada ouvem, coração que já não sente. ... Quantos, ao estarem respeitosos e em silêncio ao pé de um morto, recordam com vergonha e dor as palavras e atos que causaram tristeza ao coração agora para sempre quieto! MCP2 503 3 Tragamos agora toda beleza, amor e bondade que nos for possível, à nossa vida. Sejamos considerados, agradecidos, pacientes e longânimos em nossas relações uns com os outros. Que os pensamentos e sentimentos que encontram expressão em torno do moribundo e do morto sejam introduzidos no convívio diário com nossos irmãos e irmãs em vida. -- Testimonies for the Church 5:490 (1889); Testemunhos Selectos 2:192. No céu não haverá contenda MCP2 503 4 Que ninguém pense, ainda que teoricamente possa estar firme na verdade presente, que não comete erros. Se, porém, forem cometidas faltas, que haja presteza em corrigi-las. E evitemos tudo o que possa criar dissensão e contenda, pois há um Céu diante de nós, e entre os seus habitantes não haverá contenda. -- The Review and Herald, 8 de Agosto de 1907; Conselhos Sobre Saúde, 244. Necessidade de mais amor, menos crítica MCP2 504 1 Diferenças de opinião sempre existirão, pois nem todas as mentes são constituídas de modo a fluir no mesmo conduto. As tendências hereditárias e as cultivadas têm de ser guardadas, para que não criem controvérsias sobre assuntos de somenos importância. Os obreiros de Cristo devem achegar-se uns aos outros em terna simpatia e amor. Que ninguém julgue ser uma bênção manter suas próprias noções e supor ser ele o único a quem o Senhor tenha dado discernimento e intuição. A caridade cristã cobre uma multidão de coisas que, em outros, podem ser consideradas como defeitos. Há necessidade de muito amor, e muito menos crítica. Quando o Espírito Santo estiver manifestamente atuando no coração dos pastores e auxiliares, eles revelarão a ternura e o amor de Cristo. -- Carta 183, 1899. Não atacar indivíduos MCP2 504 2 Alguns de nossos irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas como contrárias ao Governo e à lei. Erro é expor-nos dessa maneira a um mal-entendido geral. Não é procedimento sábio o criticar continuamente os atos dos governantes. A nós não nos compete atacar indivíduos nem instituições. Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades civis. Certo é que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas devem ser as contidas num simples "Assim diz o Senhor". Nossa ocupação consiste em preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos desviar-nos para procedimentos que provoquem polêmica, ou suscitem oposição nos que não são da nossa fé. -- Testimonies for the Church 6:394 (1900); Testemunhos Selectos 3:45. Encontro com a incredulidade e ensinos desviados MCP2 504 3 Foi-me mostrado que anjos maus, disfarçados como crentes, atuarão em nossas fileiras para introduzir um forte espírito de descrença. Não permitais que nem mesmo isso vos desanime mas trazei um coração leal ao socorro do Senhor contra os poderes das agências satânicas. Esses poderes do mal se juntarão em nossas reuniões, não para receber uma bênção, mas para combater as influências do Espírito de Deus. Não apoieis nenhuma observação que possam fazer, mas repeti as ricas promessas de Deus, que são sim e amém em Cristo Jesus. Não devemos nunca fazer coro com as palavras que lábios humanos possam expressar, para confirmar as obras dos anjos maus, mas devemos repetir as palavras de Cristo. -- Carta 46, 1909. ------------------------Capítulo 54 -- Excesso no estudo Devemos preservar o poder da mente MCP2 506 1 Eu creio, eu creio que o Senhor ouve minhas orações, e então vou para o trabalho para atender minhas orações que, estou certa, são expressão do pensamento do Senhor. Estou de bom ânimo. Não sobrecarreguemos as forças que o Senhor nos deu. Devemos preservar nosso poder mental. Se abusarmos deste poder, não teremos depósito do qual sacar em ocasiões de emergência. -- Carta 150, 1903. Necessita-se de prudência ao escolher o regime mental MCP2 506 2 A acumulação de muitos livros para estudo, muitas vezes interpõe entre Deus e o homem um montão de conhecimentos que enfraquece o espírito e o torna incapaz de assimilar aquilo que já recebeu. A mente torna-se dispéptica. É preciso discernimento para que o homem possa escolher bem entre esses muitos autores e a Palavra da vida, a fim de que coma a carne e beba o sangue do Filho de Deus. -- Testimonies for the Church 7:205 (1902); Testemunhos Selectos 3:189. Encurta a vida MCP2 506 3 Aos que estão desejosos de se tornarem obreiros eficientes na causa de Deus, desejo dizer: Se estais impondo uma quantidade indevida de trabalho ao cérebro, imaginando que vos atrasareis a menos que estudeis em todo o tempo, deveis imediatamente mudar vossa idéia e procedimento. A menos que seja exercido maior cuidado neste particular, haverá muitos que descerão prematuramente à tumba. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 296 (1913). Excesso de concentração desgasta órgãos vitais MCP2 507 1 O poder de concentrar a mente em um só assunto com exclusão de todos os outros, é bom até certo ponto; mas o constante exercício dessa faculdade desgasta os órgãos que são chamados ao uso para fazer essa obra; lança sobre eles uma sobrecarga demasiado grande, e o resultado é o fracasso quanto a realizar maior quantidade de benefício. O desgaste principal se dá em certa série de órgãos, ao passo que os outros ficam inativos. Deste modo a mente não pode operar saudavelmente, e, em conseqüência, é abreviada a vida. -- Testimonies for the Church 3:34 (1872); Testemunhos Selectos 1:295. A mente sobrecarregada abre portas à tentação MCP2 507 2 Os estudantes que se aplicam exclusivamente a trabalho mental na sala de aulas, pelo confinamento prejudicam toda a maquinaria viva. Cansa-se o cérebro, e Satanás insinua toda uma lista de tentações, incitando-os a empenhar-se em condescendências proibidas, para que tenham uma variação, uma válvula de escape. Cedendo a essas tentações, cometem atos errados que prejudicam a si mesmos e causam dano a outros. Isto pode ser feito como simples esporte [brincadeira]. O cérebro está ativo, e eles desejam fazer alguma travessura. Mas então alguém tem de empenhar-se em reparar o mal que eles fizeram, quando tentados. -- Carta 103, 1897. Sobrecarregar a mente causa imaginação enfermiça MCP2 507 3 Foram-me apresentados os métodos apropriados. Que os estudantes aliem aos empenhos mentais as faculdades físicas e morais. Operem eles a maquinaria viva proporcionalmente. A constante atividade do cérebro é um erro. Eu desejaria poder expressar em palavras justamente o que tornasse claro o assunto. A constante atuação do cérebro é causa de uma imaginação doentia. Isto leva à dissipação. A educação de cinco anos nessa linha única não é de tanto valor como uma educação variada de um ano que seja. -- Carta 76, 1897. Estudo demasiado leva à depravação MCP2 508 1 Evita excitar o cérebro. O estudo demasiado estimula o cérebro e aumenta o fluxo de sangue para ele. O resultado certo disso é o vício, a depravação. Não pode o cérebro ser excitado indevidamente sem produzir pensamentos e ações impuros. O sistema nervoso todo é afetado, e isto leva à impureza. As faculdades físicas e mentais se depravam, e é poluído o templo do Espírito Santo. São comunicadas as práticas más, e as conseqüências não podem ser calculadas. Sou compelida a falar claro sobre este assunto. -- Carta 145, 1897. Coração e cérebro têm de ter descanso (conselho a um pastor sobrecarregado) MCP2 508 2 Conserva livre e desimpedido o conduto, para o afluxo do Espírito Santo. O que quer que aconteça, conserva a mente firme em Deus, e de modo algum fiques confuso. MCP2 508 3 Ao falar contigo na calada da noite, vi que estavas cerebralmente cansado, e disse-te: Lança sobre o Senhor todo o cuidado, pois Ele cuida de ti. Depõe todas as tuas cargas e perplexidades sobre o Portador de fardos. A paz de Cristo no coração vale-nos mais do que qualquer outra coisa. ... MCP2 508 4 Advirto-te a que sejas cuidadoso. Peço-te que deponhas a carga; livra-te dos muitos fardos e perplexidades que te impedem de dar descanso ao coração e ao cérebro. Lembra-te de que há necessidade de dar atenção a assuntos de interesse eterno. -- Carta 19, 1904. Doença resultante da sobrecarga mental MCP2 508 5 Os que se acham esgotados em virtude de trabalho mental, devem repousar dos pensamentos fatigantes; mas não devem ser levados a crer que seja perigoso usar de algum nodo as faculdades mentais. Muitos são inclinados a considerar seu estado pior do que na realidade é. Este estado de espírito não é favorável à cura, e não deve ser animado. MCP2 508 6 Ministros, professores, alunos, e outros obreiros intelectuais, sofrem freqüentemente doenças provenientes de pesado esforço mental não atenuado pelo exercício físico. O que essas pessoas precisam é de uma vida mais ativa. Hábitos de estrita temperança no viver, ao lado do conveniente exercício, assegurariam vigor tanto físico como mental, dando capacidade de resistência a todos os obreiros que trabalham com o cérebro. -- A Ciência do Bom Viver, 238 (1905). Há que preservar a harmonia entre as faculdades mental e física MCP2 509 1 Nós ganhamos ou perdemos força física justamente em proporção com o modo em que tratamos o corpo. Se a maior parte do tempo é dedicada ao trabalho cerebral, os órgãos da imaginação perdem sua frescura e poder, enquanto os órgãos físicos perdem seu tono sadio. Se for posto em atividade constante, o cérebro torna-se morbidamente excitado, enquanto o sistema muscular se enfraquece por falta de exercício. Há manifesta perda de força e aumento da debilidade, o que, oportunamente, faz notada sua influência sobre o cérebro. Tanto quanto possível, deve-se preservar a harmonia entre as faculdades físicas e as mentais. Isto é necessário, para a saúde do organismo todo. -- Carta 53, 1898. ------------------------Capítulo 55 -- Dor Não é Deus quem causa a dor MCP2 510 1 Mostrai que não é Deus quem causa a dor e o sofrimento, mas o homem, por sua própria ignorância e pecado trouxe sobre si esse estado de coisas. -- Testimonies for the Church 6:280 (1900). O pecado produziu a dor MCP2 510 2 A contínua transgressão do homem, por seis mil anos, acarretou doença e morte como seus frutos. E ao nos aproximarmos do fim do tempo, a tentação de Satanás, de condescendermos com o apetite, será mais poderosa, e mais difícil de ser vencida. -- Testimonies for the Church 3:492 (1875); Testemunhos Selectos 1:421. Dores e sofrimento, protesto da natureza MCP2 510 3 Muitos vivem em violação das leis da saúde, e ignoram a relação que seus hábitos de comer, beber e trabalhar mantêm para com a saúde. Não despertam ao reconhecimento de seu verdadeiro estado até que a natureza proteste contra os abusos que sofre, por meio de dores e moléstias no organismo. Se, mesmo então, os sofredores tão-somente começassem direito o trabalho e recorressem aos meios simples que têm negligenciado -- o uso da água e o regime alimentar adequado -- a natureza receberia justamente o auxílio que ela requer, e que deveria ter recebido há muito. Se for seguido esse procedimento, em geral o doente se recuperará sem ficar debilitado. -- Healthful Living, (parte 3) 61 (1865); Mensagens Escolhidas 2:451. A intemperança causa sofrimento MCP2 511 1 Muitos são tão devotados à intemperança que sob condição nenhuma mudam seu procedimento de condescender com a glutonaria; prefeririam sacrificar a saúde e morrer prematuramente, a restringir o intemperante apetite. E muitos há que são ignorantes da relação que seu comer e beber têm com a saúde. Pudessem esses ser esclarecidos, e talvez tivessem coragem moral para negar-se ao apetite, e comer mais comedidamente, e unicamente da espécie de alimento saudável, poupando-se, por seu procedimento, grande quantidade de sofrimento. -- Spiritual Gifts 4:130 (1864); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 158. Dor causada por processos de restauração MCP2 511 2 A dor é freqüentemente causada pelo esforço da natureza de proporcionar vida e vigor às partes que se tornaram parcialmente sem vida, devido à inação. -- Testimonies for the Church 3:78 (1872). O sofrimento exacerbado pela atitude mental (mensagem pessoal) MCP2 511 3 Se tivesses negado teu gosto pela leitura e pela satisfação de agradar-te a ti mesma, dedicando mais tempo a prudente exercício físico e tomando cuidadosamente alimento apropriado e saudável, terias evitado muito sofrimento. Parte desse sofrimento tem sido imaginário. Se tivesses retesado a mente, para resistir a essa disposição de ceder a fraquezas, não terias tido espasmos nervosos. Tua mente deve ser afastada de ti mesma, e dirigida para deveres domésticos, mantendo a casa em boa ordem, com simplicidade e bom gosto. -- Testimonies for the Church 2:434 (1870). Tendência dos sofredores de se tornar impacientes MCP2 511 4 Os sofredores... podem fazer por si mesmos o que outros não podem por eles fazer tão bem. Devem começar a aliviar a natureza da carga que lhe impuseram. Devem remover a causa. Jejuem por breve tempo, dando ao estômago ocasião para descansar. Reduzam o estado febril do organismo mediante cuidadosa e sensata aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por livrar de impurezas o organismo. MCP2 512 1 Mas geralmente as pessoas que sofrem dores, ficam impacientes. Não estão dispostas a usar de abnegação e sofrer um pouco de fome. Tampouco estão dispostas a esperar o lento processo da natureza, para reconstruir as energias sobrecarregadas do organismo. Estão, porém, resolvidas a obter alívio imediato, e tomam drogas fortíssimas. -- Healthful Living, (Parte 3) 60 (1866); Mensagens Escolhidas 2:450, 451. Sofrimento sobre o qual não temos controle MCP2 512 2 Há os que têm mente pura e são conscienciosos, que sofrem por diferentes causas sobre as quais não têm domínio. -- An Appeal to Mothers Relative to the Great Cause of the Physical, Mental and Moral Ruin of Many of the Children of Our Time, 23 (1864); Orientação da Criança, 445. Não desconhecido a Jesus Cristo MCP2 512 3 Que maravilhoso pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele aflito. Alguns dentre nossos amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes, e portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. -- Manuscrito 19, 1892; Mensagens Escolhidas 2:237. Deus vitalmente interessado no sofrimento do homem MCP2 512 4 Não será tido por inocente o que negligencia aliviar o sofrimento no sábado. O santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem, e os atos de misericórdia se acham em perfeita harmonia com seu desígnio. Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro qualquer dia. -- O Desejado de Todas as Nações, 207 (1898). Confiando quando em dor MCP2 512 5 Tua mente pode muitas vezes ser embotada por motivo de alguma dor. Então não tentes pensar, mas simplesmente descansa e mostra que confiaste a alma a Deus como a um fiel Criador. É privilégio teu mostrar, em tua fraqueza e sofrimento, que não duvidas do amor de Deus para contigo, que sabes que fiel é Aquele que prometeu, e que confias alma e corpo às Suas mãos, pois Ele guardará o que foi confiado ao Seu cuidado. MCP2 513 1 Que tua mente se detenha na bondade de Deus, no grande amor com que nos amou, como o prova a obra de redenção. Se Ele não nos amasse e nos considerasse de valor, então não teria feito esse grande sacrifício. Ele é beneficente em misericórdia e em graça. Que teu coração e teu pensamento repouse qual cansada criança nos braços maternos. Seus braços eternos estão estendidos por baixo de ti. Em todas as tuas aflições Jesus foi aflito. ... MCP2 513 2 Esconde-te nEle, e os ímpios não te molestarão nem te confundirão a fé. Jesus te deixou em herança a Sua paz. MCP2 513 3 "Forte é a força que Deus supre/ Mediante Seu eterno Filho." ... A palavra de Sua graça é qual maná à alma crente. As preciosas promessas da Palavra são vida, doçura e paz. -- Carta 16, 1896. O sofrimento não é desculpa para atos não cristãos MCP2 513 4 Na noite passada dormi pouco. Tentei olhar a Jesus, a colocar-me nas mãos do Grande Médico. Ele disse: "Minha graça te basta." A graça de Cristo leva os homens a falar palavras certas, sob todas as circunstâncias. O sofrimento do corpo não é desculpa para atos não cristãos. -- Manuscrito 19, 1892. Erguendo-se acima da dor MCP2 513 5 Muitas vezes os inválidos podem resistir à doença, simplesmente recusando entregar-se às moléstias e deixar-se ficar num estado de inatividade. Erguendo-se acima de suas dores e incômodos, empenham-se em útil ocupação, adequada a suas forças. Por tal ocupação e o livre uso do ar e da luz do sol, muito enfraquecido inválido haveria de recuperar a saúde e as forças. -- A Ciência do Bom Viver, 246 (1905). Usar remédios não é negar a fé MCP2 513 6 Se eles são de parecer que na oração em favor da cura não devem usar os remédios simples providos por Deus para aliviar o sofrimento e auxiliar a Natureza em sua obra, temendo que isso indique negação da fé, estão tomando uma posição imprudente. Isso não é negar a fé; está em íntima harmonia com os planos de Deus. MCP2 514 1 Quando Ezequias adoeceu, o profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que morreria. Ele clamou ao Senhor, e o Senhor ouviu o Seu servo e operou um milagre em seu favor, enviando-lhe a mensagem de que lhe seriam acrescentados à vida quinze anos. Ora, uma palavra de Deus, um toque da mão divina, teria curado Ezequias instantaneamente, mas foram dadas instruções especiais no sentido de tomar uma pasta de figos e colocá-la sobre a parte afetada, e Ezequias foi restaurado à vida. Em tudo necessitamos mover-nos ao longo da linha da providência de Deus. -- Health, Phylantropic and Medical Missionary Work, 54 (1892); Conselhos Sobre Saúde, 381, 382. A disposição de causar dor é satânica MCP2 514 2 É por causa do pecado do homem que "toda a criação geme e está juntamente com dores de parto". Romanos 8:22. O sofrimento e a morte foram assim impostos não somente.ao gênero humano, mas também aos animais. Certamente, pois, ao homem toca procurar aliviar o peso do sofrimento que sua transgressão acarretou às criaturas de Deus, em vez de aumentá-lo. Aquele que maltrata os animais porque os tem em seu poder, é tão covarde quanto tirano. MCP2 514 3 A disposição para causar dor, quer seja ao nosso semelhante quer aos seres irracionais, é satânica. Muitos não compreendem que sua crueldade haja de ser conhecida, porque os pobres animais mudos não a podem revelar. Mas, se os olhos desses homens pudessem abrir-se como os de Balaão, veriam um anjo de Deus, em pé, como testemunha, para atestar contra eles no tribunal celestial. Um relatório sobe ao Céu, e aproxima-se o dia em que se pronunciará juízo contra os que maltratam as criaturas de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 443 (1890). Não causeis dor mais intensa MCP2 514 4 Oh, não deixeis escapar nenhuma palavra que vá causar dor mais profunda ainda! À alma cansada de uma vida de pecado, mas não sabendo onde encontrar alívio, apresentai o compassivo Salvador. Tomai-a pela mão, erguei-a, dirigi-lhe palavras de animação e segurança. Ajudai-a a segurar a mão do Salvador. -- A Ciência do Bom Viver, 168 (1905). A angústia de Cristo foi maior do que a dor física MCP2 514 5 O sofrimento físico, porém, não foi senão pequena parte da agonia do amado Filho de Deus. Os pecados do mundo achavam-se sobre Ele, bem como o senso da ira de Seu Pai enquanto Ele padecia o castigo da lei transgredida. Estas coisas é que Lhe esmagavam a alma divina. Foi o ocultar-se o semblante do Pai -- um senso de que Seu próprio e amado Pai O havia abandonado -- que Lhe trouxe desespero. MCP2 515 1 A separação causada pelo pecado entre Deus e o homem foi plenamente avaliada e vivamente sentida pelo inocente e sofredor Homem do Calvário. Ele foi oprimido pelos poderes das trevas. Não tinha um único raio de luz a aclarar-Lhe o futuro. E estava lutando com o poder de Satanás, que declarava ter Cristo em suas mãos, que era superior em força ao Filho de Deus, que o Pai estava rejeitando o Filho e que Este não estava, mais que ele próprio, no favor de Deus. Se estava ainda no favor de Deus, por que necessitava Ele morrer? Deus O podia salvar da morte. -- Testimonies for the Church 2:214 (1869); Testemunhos Selectos 1:233. ------------------------Capítulo 56 -- Ira A ira abre o coração a Satanás MCP2 516 1 Os que, a qualquer suposta provocação, se sentem em liberdade de condescender com a zanga ou o ressentimento, estão abrindo o coração a Satanás. Amargura e animosidade devem ser banidas da alma, se queremos estar em harmonia com o Céu. -- O Desejado de Todas as Nações, 310 (1898). Servos do pecado MCP2 516 2 "Sois servos daquele a quem obedeceis." Romanos 6:16. Se condescendermos com a ira, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou outro pecado qualquer, tornamo-nos servos do pecado. "Ninguém pode servir a dois senhores." Mateus 6:24. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as tendências do pecado, porque a carne cobiça contra o Espírito, mas o Espírito combate contra a carne, mantendo uma batalha constante. É aqui que o auxílio de Cristo se faz preciso. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo." 1 Coríntios 15:57. -- The Review and Herald, 3 de Maio de 1881. Ira nascida da sensibilidade moral MCP2 516 3 É verdade que há uma indignação justificável, mesmo nos seguidores de Cristo. Quando vêem que Deus é desonrado, e Seu serviço exposto ao descrédito; quando vêem o inocente opresso, uma justa indignação agita a alma. Tal ira, nascida da sensibilidade moral, não é pecado. -- O Desejado de Todas as Nações, 310 (1898). A ira de Moisés MCP2 517 1 O quebrar as tábuas de pedra foi, apenas, uma representação do fato de que Israel quebrara o concerto que, fazia tão pouco tempo, haviam celebrado com Deus. É uma justa indignação contra o pecado, oriunda do zelo pela glória de Deus, e não a ira que provém do amor-próprio ou da ambição ferida, a que se refere a Escritura: "Irai-vos, e não pequeis." Foi esta a indignação de Moisés. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 101. A santa ira de Cristo MCP2 517 2 A indignação de Cristo era contra a hipocrisia, os crassos pecados pelos quais os homens estavam destruindo a própria alma, enganando o povo e desonrando a Deus. No especioso, enganador raciocínio dos sacerdotes e principais, distinguia Ele a operação de forças satânicas. Viva e penetrante fora Sua acusação do pecado; mas não proferiu palavras de vingança. Tinha uma santa indignação contra o príncipe das trevas; mas não manifestava nenhuma explosão de temperamento. Assim o cristão que vive em harmonia com Deus, possuindo os suaves atributos do amor e da misericórdia, experimentará uma justa indignação contra o pecado; mas não se tomará de paixão para injuriar os que injuriam. Mesmo enfrentando os que se acham movidos pelas forças de baixo para manter a falsidade, em Cristo conservará ele ainda a calma e o domínio de si mesmo. -- O Desejado de Todas as Nações, 619, 620 (1898). Há pessoas que nutrem o ódio MCP2 517 3 Muitos consideram as coisas pelo seu lado mais escuro; engrandecem suas supostas ofensas, nutrem a ira, e são tomados de sentimentos de vingança e ódio, quando em verdade não tinham causa real para esses sentimentos. ... Resisti a esses sentimentos errados, e experimentareis grande mudança em vossa associação com os companheiros. -- The Youth's Instructor, 10 de Novembro de 1886. A impaciência produz colheita funesta MCP2 518 1 Que danos se produzem na família pelo proferir palavras impacientes, pois o falar impaciente de um leva o outro a retrucar no mesmo espírito e maneira. Vêm então palavras de retaliação, de justificação pessoal, e é mediante tais palavras que um jugo pesado e doloroso é feito para o vosso pescoço, pois todas essas palavras amargas retornarão como funesta colheita para vossa alma. -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913; O Lar Adventista, 439. MCP2 518 2 Palavras duras atingem o coração através do ouvido, despertando as piores paixões da alma e tentando homens e mulheres a quebrar os mandamentos de Deus. ... Palavras são como sementes que se plantam. -- Carta 105, 1893; O Lar Adventista, 439. MCP2 518 3 Há entre os membros de muitas famílias o hábito de dizer coisas com liberdade e descuido; e o hábito de proferir palavras duras, torturantes torna-se cada vez mais forte à medida em que é tolerado, e assim muitas palavras objetáveis que são proferidas o são segundo a ordem de Satanás, e não segundo a ordem de Deus. ... Palavras escaldantes de paixão jamais devem ser proferidas, pois são à vista de Deus e dos santos anjos como uma espécie de blasfêmia. -- The Youth's Instructor, 20 de Setembro de 1894; O Lar Adventista, 439. Os primeiros três anos da vida de uma criança MCP2 518 4 Permiti que o egoísmo, a cólera e a voluntariedade sigam sua direção nos primeiros três anos da vida de uma criança, e difícil será levá-la a submeter-se à sã disciplina. Sua disposição tornou-se azeda; ela se deleita em seguir sua própria vontade; desagradável é o domínio paterno. Essas más tendências desenvolvem-se à medida que ela cresce, até que, na varonilidade, o supremo egoísmo e a falta de controle sobre si mesmo o coloca à mercê dos males que andam desenfreados em nossa terra. -- História da Redenção, Abril 1877; Temperança, 177. Nunca disciplinar quando irado MCP2 518 5 Deus tem terna afeição às crianças. Ele deseja que alcancem vitórias a cada dia. Esforcemo-nos todos por ajudar as crianças a ser vencedoras. Não permitais que lhes sobrevenham ofensas dos próprios membros da família. Não permitais que vossos atos e vossas palavras sejam de natureza que provoquem à ira vossos filhos. Todavia devem ser fielmente disciplinados e corrigidos quando procedem mal, mas nunca com ira. -- Manuscrito 47, 1908. MCP2 519 1 Um pai ou mãe dá vazão ao temperamento diante da criança e depois se admira de que a criança seja de tão difícil controle. Mas que seria de esperar? As crianças são ligeiras em imitar, e a criança está apenas pondo em prática as lições que lhe foram ensinadas pelos pais em suas explosões de ira. ... MCP2 519 2 Acontece terdes de castigar vosso filho com vara. Isto às vezes é necessário. Nunca jamais, porém, batei nele com ira. Corrigi-lo assim é cometer dois erros na tentativa de curá-lo. Adiai a punição até que tenhais conversado convosco mesmos e com Deus. Perguntai a vós mesmos: Submeti minha vontade à vontade de Deus? Estou na posição em que Ele me possa controlar? Pedi a Deus que vos perdoe por transmitir a vosso filho uma disposição de tão difícil manejo. Pedi-Lhe que vos dê sabedoria para que possais tratar com vosso filho transviado de modo que o atraia para mais perto de vós e de seu Pai celestial. -- The Review and Herald, 8 de Julho de 1902. Emoções violentas põem em perigo a vida MCP2 519 3 O ceder a emoções violentas põe em perigo a vida. Muitos morrem em meio a uma irrupção de cólera e paixão. Muitos se educam de modo a terem convulsões. Estas podem eles evitar se quiserem, mas requer força de vontade o vencer um procedimento errado. Tudo isto tem de ser parte da educação recebida na escola, pois somos propriedade de Deus. O sagrado templo do corpo deve ser conservado puro e incontaminado, para que o Santo Espírito de Deus nele possa habitar. -- Carta 103, 1897. Frutos de cada irrupção de ira MCP2 519 4 Certa classe de pessoas cresceu sem domínio próprio; não puseram freio ao temperamento ou à língua; e alguns deles alegam ser seguidores de Cristo, mas não o são. Jesus não lhes deu esse exemplo. ... Eles são desarrazoados e não se deixam facilmente persuadir e convencer. Não são sensatos; Satanás, nesse tempo, tem pleno controle. Cada uma dessas exibições de ira enfraquece o sistema nervoso e as faculdades morais, e torna difícil restringir a ira por ocasião de outra provocação. -- The Youth's Instructor, 10 de Novembro de 1886; Filhos e Filhas de Deus, 142. Embriagados de ira MCP2 520 1 Como Satanás exulta quando é capaz de pôr a alma no máximo calor da ira! Um relance de olhos, um gesto, uma entonação, podem ser apanhados e empregados como a seta de Satanás, para ferir e envenenar o coração aberto para recebê-la. MCP2 520 2 Dando a pessoa uma vez lugar ao espírito irado, fica tão intoxicada como aquele que lhe levou o copo à boca. MCP2 520 3 Cristo trata a ira como homicídio. ... Palavras apaixonadas são um cheiro de morte para morte. Aquele que as profere não está cooperando com Deus para salvar seus semelhantes. No Céu esse ímpio injuriar é posto na mesma lista do praguejar comum. Enquanto for acariciado o ódio na alma, não há aí um jota do amor de Deus. -- Carta 102, 1901; Nossa Alta Vocação, 233. O homem irritadiço raramente está satisfeito MCP2 520 4 Nenhum outro pode diminuir nossa influência como nós mesmos a podemos diminuir, contemporizando com um temperamento incontrolável. O homem irritadiço por natureza não conhece a verdadeira felicidade e raramente está satisfeito. Está sempre com a esperança de alcançar uma posição mais favorável ou modificar o ambiente de modo que tenha paz e sossego de espírito. Sua vida parece carregada de pesadas cruzes e provações, quando, tivesse ele controlado o temperamento e refreado a língua, muitos desses aborrecimentos poderiam ter sido evitados. É a "resposta branda" que "desvia o furor". O vingar-se nunca venceu um inimigo. Um temperamento bem regulado exerce boa influência em todo o ambiente; mas "como cidade derrubada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio". -- Testimonies for the Church 4:367, 368 (1879). Mais fácil ser desinibido diante de uma multidão MCP2 520 5 É pior, muito pior, dar expressão aos sentimentos numa grande reunião, acusando a um ou a todos, do que dirigir-se à pessoa que tenha procedido mal, e reprová-la pessoalmente. O caráter ofensivo dessa fala severa, arrogante e denunciatória numa reunião grande é de espécie tanto mais grave à vista de Deus do que dar uma repreensão pessoal, individual, quanto o número de pessoas é maior e a censura mais geral. É sempre mais fácil dar expressão aos sentimentos diante de uma congregação, porque há muitos presentes, do que dirigir-se ao que errou e face-a-face com ele, aberta, franca e claramente afirmar que está errado o seu procedimento. MCP2 521 1 Mas levar para a casa de Deus sentimentos fortes contra indivíduos e fazer todos os inocentes assim como os culpados sofrerem, é maneira de trabalho que Deus não sanciona, e que causa dano, em vez de benefício. Tem-se dado tantas vezes que discursos denunciadores e críticos têm sido feitos perante uma congregação. Isso não estimula nos irmãos um espírito de amor. Não tende a torná-los mais espirituais e guiá-los para a santidade e o Céu, mas desperta-lhes no coração um espírito de amargura. Esses sermões demasiado fortes, que fazem em pedaços um homem, são às vezes positivamente necessários, para despertar, alarmar e convencer. Mas a menos que tragam as marcas especiais de serem ditados pelo Espírito de Deus, eles produzem mais mal do que bem. -- Testimonies for the Church 3:507, 508 (1880). A razão destronada pela ira MCP2 521 2 Espero que consideres o caso cuidadosamente, atentando para tua primeira tentação de transgredir as regras do colégio. Estuda criteriosamente o caráter do governo de nossa escola. Os regulamentos postos em vigor não eram, absolutamente, demasiado estritos. Mas nutriste a ira; na ocasião a razão foi destronada e o coração se tornou presa de uma paixão desgovernada. Antes que te apercebesses, havias dado um passo que algumas horas antes não haverias dado, fosse qual fosse a pressão da tentação. O impulso venceu a razão, e não pudeste lembrar-te do dano feito a ti mesmo nem a uma instituição de Deus. Nossa única segurança, sob qualquer circunstância, está em sermos sempre senhores de nós mesmos, na força de Jesus, nosso Redentor. -- Testimonies for the Church 4:431 (1880). Vingança só pode trazer mal MCP2 522 1 Muito melhor nos é sofrer sob falsa acusação, do que nos infligirmos a nós mesmos a tortura da desforra sobre os nossos inimigos. O espírito de ódio e vingança teve sua origem em Satanás, e só pode trazer mal sobre aquele que o nutre. Humildade de coração, aquela mansidão que é o fruto de permanecer em Cristo, é o verdadeiro segredo da bênção. "Ele adornará os mansos com a salvação." Salmos 149:4. -- O Maior Discurso de Cristo, 22 (1896). Quando irritado, recuse-se a falar MCP2 522 2 Que aqueles que se irritam facilmente se recusem a vingar-se quando são proferidas palavras que os aborreçam. Que busquem ao Senhor em oração, pedindo-Lhe que lhes mostre como trabalhar pelas almas que perecem no pecado. Aquele que se mantém ocupado nesta obra será tão cabalmente imbuído do Espírito de Deus que suas maneiras, sua voz, sua vida toda serão uma revelação de Cristo. Tentai-o irmãos, tentai-o! Crucificai o próprio eu, em vez de procurar crucificar vossos irmãos. "Se alguém quer vir após Mim", disse Cristo, "a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Mateus 16:24. -- Carta 11, 1905. Ira encontrada pelo silêncio MCP2 522 3 Há um maravilhoso poder no silêncio. Quando vos falarem palavras impacientes, não pagueis na mesma moeda. Palavras que se digam em resposta a uma pessoa irada geralmente agem como um chicote, fustigando-lhe o temperamento e tornando-o mais furioso. Mas a ira que encontra o silêncio, bem depressa desvanece. Refreie o cristão a língua, resolvendo firmemente não falar palavras ásperas, impacientes. Com a língua refreada, poderá ele ser vitorioso, cada vez que for chamado a passar por uma provação da paciência. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1907; Mensagens aos Jovens, 135, 136. Cultivar um espírito conciliatório MCP2 522 4 Quanto a vossas atuais relações com a igreja desejo aconselhar-vos a fazer tudo que puderdes, de vossa parte, para estar em harmonia com vossos irmãos. Cultivai um espírito bondoso, conciliatório, e não deixeis que nenhuns sentimentos de vingança se vos insinuem na mente e no coração. Temos apenas pouco tempo neste mundo, e trabalhemos para o tempo e para a eternidade. Sede diligentes para tornar certa vossa vocação e eleição. Cuidai que não cometais erros acerca de vosso título a um lar no reino de Cristo. Se vosso nome se acha registrado no livro da vida, do Cordeiro, então tudo está bem convosco. Estejais prontos e ansiosos para confessar vossas faltas e abandoná-las, a fim de que vossos erros e pecados possam ir antecipadamente a juízo, e ser apagados. -- Testimonies for the Church 5:331 (1885). O temperamento incontrolável pode ser vencido MCP2 523 1 Os ensinos de Cristo executados na vida enobrecerão os homens, por humildes que sejam, na escala do valor moral, perante Deus. Os que lutam para subjugar seus naturais defeitos de caráter, não podem ser coroados a menos que lutem legitimamente; mas os que forem muitas vezes encontrados em oração, porfiando pela sabedoria que vem do alto, esses se tornarão assemelhados ao divino. Maneiras rudes, temperamento incontrolável, serão levados à obediência da lei divina. -- Carta 316, 1908. Resistir a sentimentos de ira MCP2 523 2 Não há senão um remédio -- positivo domínio próprio em todas as circunstâncias. O esforço de se colocar em situação favorável, onde o eu não seja incomodado, pode dar bom resultado por algum tempo; mas Satanás sabe onde encontrar essas pobres almas, e assaltá-las-á repetidamente em seus pontos fracos. Serão continuamente perturbadas enquanto pensarem tanto em si mesmas. ... Há, porém, esperança para elas. Seja esta vida, tão assolada de conflitos e ansiedades, posta em ligação com Cristo, e então não mais o próprio eu clamará pela supremacia. ... Essas almas se devem humilhar, dizendo francamente: "Errei. Quer me perdoar? Pois Deus disse que não devemos deixar que o sol se ponha sobre a nossa ira." Eis a única trilha segura para vencer. Muitos... acalentam a ira, e enchem-se de sentimentos de ódio e de vingança. ... Resisti a esses sentimentos errôneos, e experimentareis grande mudança em vossas relações com os semelhantes. -- The Youth's Instructor, 10 de Novembro de 1886; Filhos e Filhas de Deus, 142. ------------------------Capítulo 57 -- Ódio e vingança O pensamento envolve os atos MCP2 524 1 O espírito de ódio e vingança originou-se com Satanás, e o levou a dar morte ao Filho de Deus. Todo aquele que abrigar a maldade ou falta de bondade está acalentando o mesmo espírito, e seus frutos serão para morte. No pensamento vingativo o ato mau se acha envolto como na semente a planta. "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si." 1 João 3:15. -- O Maior Discurso de Cristo, 56 (1896). O espírito de ódio envilece MCP2 524 2 Foi-me mostrado Satanás como havia sido: um anjo feliz e exaltado. Em seguida ele foi-me mostrado como se acha agora. Ainda tem formas régias. Suas feições ainda são nobres, pois é um anjo, ainda que decaído. Mas a expressão do rosto está cheia de ansiedade, cuidados, infelicidade, maldade, ódio, nocividade, engano e todo o mal. ... Vi que ele se havia aviltado durante tanto tempo que toda boa qualidade se rebaixara, e todo mau traço se desenvolvera. -- Primeiros Escritos, 152 (1882). A história do mundo, um conflito entre o ódio e o amor MCP2 524 3 A inimizade de Satanás para com Cristo manifestou-se contra Seus seguidores. O mesmo ódio aos princípios da lei de Deus, o mesmo expediente de engano pelo qual ao erro se dá a impressão de ser verdade, segundo o qual leis humanas substituem a lei de Deus, e os homens são levados a adorar a criatura em vez de ao Criador, podem ser divisados em toda a história passada. Os empenhos de Satanás, de representar mal o caráter de Deus, de levar os homens a acalentar um falso conceito do Criador, e assim considerá-Lo com temor e ódio, em vez de amor; seus esforços para pôr à margem a lei divina, levando o povo a julgar-se isento de suas reivindicações; e sua perseguição aos que ousam resistir aos seus enganos, foram perseverantemente seguidos em todas as épocas. Esses enganos podem ser observados na história dos patriarcas, profetas e apóstolos, dos mártires e reformadores. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 12 (1888). A transgressão pôs o homem em harmonia com Satanás MCP2 525 1 Quando o homem transgrediu a lei divina, sua natureza tornou-se má, e ele ficou em harmonia com Satanás, e não em desacordo com ele. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 505 (1888). O ódio existirá enquanto existir o pecado MCP2 525 2 Ódio aos puros princípios da verdade, e opróbrio e perseguição a seus defensores, existirão enquanto houver pecado e pecadores. Os seguidores de Cristo e os servos de Satanás não podem harmonizar-se. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 507 (1888). A reprovação desperta o ódio MCP2 525 3 O mesmo espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. ... A reprovação do pecado suscita ainda o espírito de ódio e resistência. Quando a consciência é advertida pelas mensagens divinas, Satanás leva os homens a justificar-se e a procurar a simpatia de outros em seu caminho de pecado. Em vez de corrigirem seus erros, indignam-se contra aquele que reprova, como se fora ele a causa única da dificuldade. Desde os dias do justo Abel até ao nosso tempo, este é o espírito que tem sido manifestado para com os que ousam condenar o pecado. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 500 (1888). A inveja desperta o ódio MCP2 525 4 Posto que Saul estivesse sempre alerta procurando uma oportunidade para destruir a Davi, tinha receio dele, visto ser evidente que o Senhor estava com ele. O caráter irrepreensível de Davi suscitou a ira do rei; ele imaginava que a própria vida e presença de Davi lançavam o opróbrio sobre ele, visto que contrastadamente apresentavam com desvantagem o seu caráter. Era a inveja o que infelicitava a Saul, e punha em risco o humilde súdito de seu trono. MCP2 526 1 Que mal indescritível tem feito em nosso mundo este mau traço de caráter! A mesma inimizade que moveu o coração de Caim contra seu irmão Abel, porque as obras de Abel eram justas, e Deus o honrava, e as suas eram más, e o Senhor o não podia abençoar, essa mesma inimizade existiu no coração de Saul. A inveja é filha do orgulho, e, se é entretida no coração, determinará o ódio, e finalmente a vingança e o assassínio. Satanás mostrou seu próprio caráter, excitando o furor de Saul contra aquele que nunca lhe fizera mal. -- Patriarcas e Profetas, 651 (1890). Emoção pecaminosa MCP2 526 2 A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que emergem a alma, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que "Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau". Eclesiastes 12:14. -- The Signs of the Times, 15 de Abril de 1886; Mensagens Escolhidas 1:217. O assassínio existe primeiro no coração MCP2 526 3 Jesus toma separadamente os mandamentos, e expõe-lhes a profundidade e a largura de suas reivindicações. Em lugar de remover um jota de sua força, mostra quão vasto é o alcance de seus princípios, e expõe o erro fatal dos judeus em sua ostentação exterior de obediência. Declara que, pelo mau pensamento ou o cobiçoso olhar, é transgredida a lei divina. Uma pessoa que se torna participante da mínima injustiça, está violando a lei e degradando sua própria natureza moral. O homicídio existe primeiro na mente. Aquele que dá ao ódio um lugar no coração, está pondo o pé no caminho do assassínio, e suas ofertas são aborrecíveis a Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 310 (1898). Violação do sexto mandamento MCP2 527 1 Todos os atos de injustiça que tendem a abreviar a vida; o espírito de ódio e vingança, ou a condescendência de qualquer paixão que leve a atos ofensivos a outrem, ou nos faça mesmo desejar-lhes mal (pois "qualquer que aborrecer a seu irmão é homicida")... são, em maior ou menor grau, violação do sexto mandamento. -- Patriarcas e Profetas, 308 (1890). Satanás inspira aos homens suas próprias energias de ódio MCP2 527 2 Quando se permite a Satanás moldar a vontade, ele a usa para realizar seus fins. Inspira teorias de incredulidade e incita o coração humano a guerrear contra a Palavra de Deus. Com persistente e perseverante esforço, procura inspirar aos homens suas próprias energias de ódio e antagonismo contra Deus, e dispô-los em oposição às instituições e reivindicações do Céu e à operação do Espírito Santo. Alista sob seu estandarte toda as agências más, e leva-as para o campo de batalha sob seu generalato, a fim de opor o mal ao bem. -- The Review and Herald, 10 de Fevereiro de 1903; Mensagens aos Jovens, 54. O mundo odiava a Cristo porque ele era diferente MCP2 527 3 A diferença entre o caráter de Cristo e o caráter de outros homens de Seu tempo, era por toda parte aparente, e por causa dessa diferença o mundo O odiava. Odiava-O por Sua bondade e estrita integridade. E Cristo declarou que todos os que manifestam os mesmos atributos serão igualmente odiados. Ao nos aproximarmos do fim do tempo esse ódio para com os seguidores de Cristo será cada vez mais manifesto. MCP2 527 4 Cristo assumiu a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse mostrar aos homens e mulheres que eles podiam viver sem pecado, que suas palavras, suas ações, seu espírito podiam ser santificados a Deus. Podemos ser cristãos perfeitos se manifestarmos em nossa vida esse poder. Se a luz do Céu repousar sobre nós continuamente, representaremos a Cristo. Foi a justiça que revelou em Sua vida que distinguiu a Cristo do mundo e provocou seu ódio. -- Manuscrito 97, 1909. O ódio provém de um desejo de vingança MCP2 528 1 Satanás contestava tudo a que o Filho do homem visava, empregando os homens como seus agentes, a fim de encher de sofrimento e tristeza a vida do Salvador. O sofisma e falsidade pelos quais procurava estorvar a obra de Jesus, o ódio manifesto por meio dos filhos da desobediência, suas cruéis acusações contra Aquele cuja vida era de bondade sem precedentes, tudo proveio de um sentimento de vingança profundamente arraigado. Os fogos da inveja e maldade, ódio e vingança, que se achavam contidos, irromperam no Calvário contra o Filho de Deus, ao mesmo tempo que o Céu todo contemplava a cena em silencioso horror. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 501 (1888). Ódio contra os pais (palavras a uma jovem senhora) MCP2 528 2 Tens, especialmente, uma obra a fazer, isto é, confessar com humildade, teu procedimento desrespeitoso para com os pais. Não há razão para essa desnatural manifestação para com eles. É um espírito puramente satânico, e lhe deste guarida porque tua mãe não aprovou teu procedimento. Teus sentimentos não se resumem a uma positiva antipatia, decidido desrespeito, mas chegam ao ódio, malignidade, inveja, ciúme, que se manifestam em tuas ações, causando-lhes sofrimento e privação. Não tens desejo de torná-los felizes, ou mesmo sentir-se confortados. Teus sentimentos são volúveis. Às vezes teu coração se abranda, e logo se fecha firmemente ao ver neles alguma falta, e nem os anjos podem impressionar-te com uma emoção de amor. MCP2 528 3 Um mau demônio te controla, e odeias e és odiosa. Deus anotou tuas palavras desrespeitosas, teus atos indelicados para com os pais, a quem Ele te ordenou honrar, e se deixares de reconhecer este grande pecado e dele te arrependeres, ficarás em trevas cada vez maiores, até seres deixada por conta de teus maus caminhos. -- Testimonies for the Church 2:82, 83 (1868). Satanás deleita-se em controlar a mente das crianças MCP2 529 1 Que desgosto ver filhos de pais tementes a Deus, indisciplinados e desobedientes, desagradecidos e voluntariosos, decididos a seguir seus próprios caminhos a despeito das perturbações ou mágoas que ocasionem aos pais! Satanás se delicia em governar o coração das crianças e, caso lhe seja permitido, insuflar-lhes-á o próprio odioso espírito. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1893; Mensagens aos Jovens, 333. O espírito de ódio reage MCP2 529 2 Ninguém pode odiar o irmão, ou mesmo um inimigo, sem colocar-se sob condenação. -- The Youth's Instructor, 13 de Janeiro de 1898. Vingança não traz satisfação MCP2 529 3 Lembrai-vos de que um discurso de vingança nunca faz a pessoa sentir ter ganho uma vitória. Deixai que Cristo fale por vosso intermédio. Não percais a bênção que advém de não pensar o mal. -- Testimonies for the Church 7:243 (1902). Anuvia o poder perceptivo MCP2 529 4 O orgulho, o amor-próprio, o egoísmo, o ódio, a inveja e ciúme anuviaram o poder perceptivo; e a verdade, que vos tornaria sábios para salvação, perdeu seu poder de encantar e controlar a mente. -- Testimonies for the Church 2:605, 606 (1871). O óleo do amor remove a amargura MCP2 529 5 Não permitais que vosso ressentimento redunde em maldade. Não consintais que a ferida supure, abrindo-se em termos envenenados, que venham a deixar nódoa no espírito dos que vos ouvem. Não admitais que persistam em vosso espírito e no dele pensamentos de amargura. Ide ter com vosso irmão e, com humildade e sinceridade, debatei com ele o assunto. ... MCP2 529 6 Todo o Céu toma interesse na entrevista que se efetua entre o ofendido e o ofensor. ... O santo óleo do amor faz cessar a dor provocada pela injustiça. O Espírito de Deus torna a unir os corações e há nos Céus música pelo restabelecimento da união. -- Testimonies for the Church 7:261, 262 (1902); Testemunhos Selectos 3:201. O coração que dá amor por ódio MCP2 529 7 Não é a posição social na Terra, nem nascimento, nem nacionalidade, nem privilégio religioso o que prova que somos membros da família de Deus; é o amor, um amor que envolve toda a humanidade. Mesmo pecadores, cujo coração não se ache inteiramente cerrado ao Espírito de Deus, corresponderão à bondade; conquanto devolvam ódio por ódio, darão também amor por amor. É, porém, unicamente o Espírito de Deus que dá amor em troca de ódio. Ser bondoso para o ingrato e o mau, fazer o bem sem esperar retribuição, é a insígnia da realeza celeste, o sinal certo pelo qual os filhos do Altíssimo revelam sua elevada condição. -- O Maior Discurso de Cristo, 75 (1896). ------------------------Capítulo 58 -- Fé Definição de fé MCP2 531 1 A fé, a fé salvadora, deve ser ensinada. A definição dessa fé em Jesus Cristo pode ser dada em poucas palavras: É o ato da alma pelo qual o homem todo se entrega à guarda e controle de Jesus Cristo. Ele permanece em Cristo e Cristo habita na alma supremamente, pela fé. O crente confia alma e corpo a Deus, e com convicção pode dizer: Cristo é capaz de guardar aquilo que Lhe confiei, até aquele dia. Todos os que isso fizerem serão salvos para a vida eterna. Haverá a certeza de que a alma foi lavada no sangue de Cristo e revestida com a Sua justiça, sendo preciosa à vista de Jesus. Nossos pensamentos e nossas esperanças estão no segundo advento de nosso Senhor. Este é o dia em que o Juiz de toda a Terra recompensará a confiança de Seu povo. -- Manuscrito 6, 1889. Outras definições MCP2 531 2 Mediante a fé recebemos a graça de Deus; mas a fé não é nosso Salvador. Ela não obtém nada. É a mão que se apega a Cristo e se apodera de Seus méritos. -- O Desejado de Todas as Nações, 175 (1898). MCP2 531 3 A fé é a confiança em Deus, ou seja, a crença de que Ele nos ama e conhece perfeitamente o que é para o nosso bem. Assim, ela nos conduz a escolher o Seu caminho em vez de o nosso próprio. Em lugar da nossa ignorância, ela aceita a Sua sabedoria; em lugar de nossa fraqueza, aceita a Sua força; em lugar de nossa pecaminosidade, Sua justiça. Nossa vida e nós mesmos somos já Seus; a fé reconhece essa posse e aceita as bênçãos dela. A verdade, correção e pureza, têm sido designadas como segredos do êxito da vida. É a fé que nos põe na posse destes princípios. -- Educação, 253 (1903). Simples em sua operação MCP2 532 1 A fé é simples em sua operação e poderosa em seus resultados. Muitos professos cristãos, que têm certo conhecimento da Palavra Sagrada e crêem em sua verdade, deixam de ter a infantil confiança que é essencial à religião de Jesus. Não estendem a mão com aquele toque peculiar que traz para a alma a virtude da cura. -- Redemption: The Miracles of Christ, 97 (1874); The S.D.A. Bible Commentary 6:1074. Humildade não é fé MCP2 532 2 Humildade, mansidão e obediência não são fé; são, porém, os efeitos, ou fruto, da fé. -- Testimonies for the Church 5:438 (1885). A fé dá confiança própria MCP2 532 3 Estas coisas [o relato da confiança de Paulo em Deus] não foram escritas meramente para que as pudéssemos ler e admirar, mas para que a mesma fé que na antiguidade operava nos servos de Deus, possa operar em nós. De maneira não menos assinalada do que Ele operava naquele tempo, fará hoje onde quer que haja corações de fé, que sejam os condutores de Seu poder. MCP2 532 4 Ensine-se a confiança em Deus aos que desconfiam de si próprios, e que são, por isso, levados a fugir dos cuidados e responsabilidades. Destarte, muitos que aliás não seriam senão nulidades no mundo, ou talvez apenas um fardo inerme, habilitar-se-ão a dizer com o apóstolo Paulo: "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece." Filipenses 4:13. -- Educação, 256 (1903). A fé é necessária a cada passo do caminho MCP2 532 5 Necessita-se de fé nas pequenas coisas da vida, tanto como nas grandes. Em todos os nossos interesses e ocupações diários, a força amparadora de Deus se nos torna real por meio de uma confiança perseverante. -- Educação, 255 (1903). Ensine-se a fé MCP2 533 1 Deve-se explicar bem como exercer a fé. Para toda promessa de Deus há condições. Se estamos dispostos a fazer a Sua vontade, toda a Sua força é nossa. Qualquer dom que Ele prometa, está na própria promessa. "A semente é a Palavra de Deus." Lucas 8:11. Tão certo como o carvalho está na bolota, o dom de Deus está em Sua promessa. Se recebemos a promessa, temos o dom. -- Educação, 253 (1903). A fé tem preciosas lições para as crianças MCP2 533 2 Para a criança ligeira em ressentir-se de injúrias, a fé contém preciosas lições. A disposição para resistir ao mal ou vingá-lo é muitas vezes preparada por um veemente senso de justiça e um espírito ativo e enérgico. Ensine-se a tal criança que Deus é o guarda eterno do direito. Ele tem terno cuidado pelos seres que amou a ponto de dar, para salvá-los, Aquele que Lhe era diletíssimo. Ele tratará com todo malfeitor. -- Educação, 256, 257 (1903). A mente deve ser educada a ter fé MCP2 533 3 A fé opera por amor e purifica a alma de todo o egoísmo. Assim a alma é aperfeiçoada em amor. E havendo achado graça e misericórdia mediante o precioso sangue de Cristo, como podemos deixar de ser ternos e misericordiosos? "Pela graça sois salvos, mediante a fé." Efésios 2:8. A mente deve ser educada a exercer fé, em vez de nutrir a dúvida e suspeita e ciúme. Somos muito inclinados a olhar aos obstáculos como impossibilidades. MCP2 533 4 Ter fé nas promessas de Deus, ir à frente pela fé, prosseguir sem ser governado pelas circunstâncias, é uma lição de difícil aprendizado. Entretanto é positiva necessidade que todo filho de Deus aprenda esta lição. A graça de Deus mediante Cristo, deve sempre ser nutrida; pois é-nos concedida como o único modo de nos aproximar de Deus. A fé nas palavras de Deus, pronunciadas por Cristo envolto na coluna de nuvens, teria habilitado os filhos de Israel a deixar após si um registro de espécie bem diferente. Sua falta de fé em Deus deu-lhes uma história bem acidentada. -- Manuscrito 43, 1898. Fé e presunção MCP2 534 1 Há os que professam ter grande fé em Deus, e ter dons especiais, e especiais respostas à oração, embora faltassem as evidências. Eles tomavam erradamente presunção, por fé. A oração da fé nunca se perde; mas dizer que será sempre atendida do próprio modo, e concedida a coisa particular que esperávamos, isso é presunção. -- Testimonies for the Church 1:231 (1861). A presunção é imitação de Satanás MCP2 534 2 A fé não é de maneira nenhuma aliada à presunção. Somente o que tem verdadeira fé está garantido contra a presunção. Pois presunção é a falsificação da fé, operada por Satanás. A fé reclama as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. A presunção também reclama as promessas, mas serve-se delas como fez Satanás, para desculpar a transgressão. MCP2 534 3 A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus, e obedecer-Lhe aos mandamentos. A presunção os levou a transgredir-Lhe a lei, crendo que Seu grande amor os salvaria da conseqüência de seu pecado. Não é ter fé pretender o favor do Céu, sem cumprir as condições sob as quais é concedida a misericórdia. A fé genuína baseia-se nas promessas e providências das Escrituras. -- O Desejado de Todas as Nações, 126 (1898). Cultivai a fé MCP2 534 4 Os que falam sobre fé e cultivam fé terão fé; mas os que nutrem e expressam dúvidas, dúvidas terão. -- Testimonies for the Church 5:302 (1885). MCP2 534 5 Não penseis que, porque cometestes erros, devais sempre estar sob condenação, pois isto não é necessário. Não permitais que a verdade seja depreciada diante de vosso raciocínio, porque os que a professam não levem vida coerente. Acalentai fé na verdade da mensagem do terceiro anjo. Se não cultivardes fé, sua importância gradualmente perderá seu lugar em vossa mente e vosso coração. Tereis uma experiência semelhante a das virgens insensatas, que não providenciaram óleo para as lâmpadas, e sua luz se apagou. A fé deve ser cultivada. Se se tornou fraca, é qual planta atrofiada que deve ser exposta à luz do sol, aguada e cuidada ternamente. -- Carta 97, 1895. A fé ergue-se acima das sombras MCP2 535 1 Ao sobrevirem nuvens entre vossa alma e Deus, quando tudo ao vosso redor é sombrio e repulsivo, quando o inimigo está pronto a roubar à alma sua integridade para com Deus e a verdade, e quando o erro sobressai plausível e atraente, então é tempo de orar e exercer fé em Deus. ... Nutrindo a fé, a alma é habilitada a erguer-se acima de si mesma, e penetrar na treva infernal que o inimigo lança através do caminho de toda alma que está lutando por uma coroa imortal. -- Carta 30, 1896; Nossa Alta Vocação, 124. A fé repousa sobre a evidência MCP2 535 2 A palavra do Senhor, pronunciada através de Seus servos, é por muitos recebida com dúvidas e temores. E muitos adiam sua obediência às advertências e reprovações dadas, esperando até que toda sombra de incerteza seja removida de seu pensamento. A descrença que exige perfeito conhecimento nunca cederá à evidência que Deus Se agrada em dar. Ele requer de Seu povo uma fé que repouse sobre o peso da evidência, e não sobre perfeito conhecimento. Os seguidores de Cristo que aceitam a luz que Deus lhes envia devem obedecer à voz de Deus a falar-lhes, quando há muitas outras vozes clamando contra ela. Tem de haver discernimento para distinguir a voz de Deus. -- Testimonies for the Church 3:258 (1873). MCP2 535 3 Devemos saber por nós mesmos o que constitui o cristianismo, o que é a verdade, o que é a fé que recebemos, o que são as regras da Bíblia -- regras que nos foram dadas pela mais alta autoridade. Muitos há que crêem, sem terem uma razão sobre a qual basear a fé, sem suficiente evidência quanto à verdade da questão. Se lhes for apresentada uma idéia que harmonize com suas próprias opiniões preconcebidas, estão dispostos a aceitá-la. Não raciocinam da causa para o efeito. Sua fé não tem genuíno alicerce, e no tempo da prova verão que construíram sobre areia. -- Carta 4, 1889. A fé deve ser expressa MCP2 536 1 Se déssemos mais expressão a nossa fé, nos regozijássemos mais nas bênçãos que sabemos possuir -- a grande misericórdia, paciência e amor de Deus -- teríamos diariamente maior força. Não possuem as preciosas palavras pronunciadas por Cristo, o Príncipe de Deus, de que nosso Pai celestial está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que Lho pedem, do que os pais para dar boas dádivas aos filhos -- não possuem essas palavras uma certeza e poder que deveria ter grande influência sobre nós? -- Carta 7, 1892; Mensagens Escolhidas 2:243. A fé não deve ser confundida com os sentimentos MCP2 536 2 Muitos têm idéias confusas quanto ao que constitui a fé, e vivem de todo abaixo de seus privilégios. Confundem sentimento e fé, e estão continuamente aflitos e perplexos de espírito; pois Satanás tira todo o proveito de sua ignorância e inexperiência. ... MCP2 536 3 Temos de aceitar a Cristo como nosso Salvador pessoal, do contrário falharemos em nossa tentativa de ser vitoriosos. Não nos adianta ficar afastados dEle, crer que nosso amigo ou vizinho O possa ter como Salvador pessoal, mas que nós não podemos experimentar Seu amor perdoador. Temos de crer que somos escolhidos de Deus, ser salvos pelo exercício da fé mediante a graça de Cristo e a operação do Espírito Santo; e cumpre-nos louvar e glorificar a Deus por tão maravilhosa manifestação de Seu imerecido favor. MCP2 536 4 É o amor de Deus que atrai a alma a Cristo, para ser graciosamente recebida e apresentada ao Pai. Pela obra do Espírito renova-se a relação divina entre Deus e o pecador. O Pai diz: "Eu serei para eles um Deus, e eles Me serão um povo. Exercerei amor perdoador para com eles, e lhes concederei a Minha alegria. Eles serão para Mim particular tesouro; pois esse povo que formei para Mim manifestará o Meu louvor." -- The Signs of the Times, 2 de Janeiro de 1893; Nossa Alta Vocação, 75. Fé e sentimento são distintos MCP2 537 1 Sentimento e fé são tão distintos um do outro como o Leste é do Oeste. A fé não depende do sentimento. Devemos consagrar-nos cada dia a Deus, e crer que Cristo compreende e aceita o sacrifício, sem nos examinar para ver se temos aquele grau de sentimento que julgamos devia corresponder a nossa fé. Não temos nós certeza de que nosso Pai celeste está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que Lho pedem com fé, do que o estão os pais a dar boas coisas aos filhos? Devemos prosseguir como se a cada oração que enviamos ao trono de Deus ouvíssemos a resposta dAquele cujas promessas nunca falham. Mesmo quando deprimidos pela tristeza, é nosso privilégio entoarmos melodias a Deus no coração. Quando assim fizermos, a cerração e as nuvens se dissiparão e passaremos da sombra e das trevas para a clara luz solar de Sua presença. -- Manuscrito 75, 1893; Nossa Alta Vocação, 118. Não questão de impulso MCP2 537 2 Muitos passam longos anos em sombras e dúvida por não sentirem como desejam. Mas sentimento não tem nada que ver com a fé. A fé que opera por amor e purifica a alma não é questão de impulso. Ela se aventura sobre as promessas de Deus, crendo firmemente que o que Ele disse é capaz de cumprir. Nossa alma pode ser exercitada em crer, ensinada a descansar na Palavra de Deus. Aquela Palavra declara que "o justo viverá da fé" (Romanos 1:17), não de sentimento. -- The Youth's Instructor, 8 de Julho de 1897; Nossa Alta Vocação, 117. Não confiar em sentimentos MCP2 537 3 Afugentemos tudo quanto seja desconfiança e falta de fé em Jesus. Comecemos uma vida de confiança simples, infantil, não confiando no sentimento, mas na fé. Não desonreis a Jesus duvidando de Suas preciosas promessas. Ele quer que acreditemos nEle com fé inabalável. -- Carta 49, 1888; Nossa Alta Vocação, 117. Andai pela fé MCP2 538 1 Continuai olhando para Jesus, fazendo, com fé, orações silenciosas, apoderando-vos da força de Deus, quer tenhais quaisquer manifestos sentimentos, quer não. Avançai resolutos, como se cada uma das orações feitas tivesse sido acolhida pelo trono de Deus, e atendida por Aquele cujas promessas não faltam jamais. Prossegui no caminho, cantando e salmodiando a Deus em vosso coração, mesmo quando opressos por uma sensação de peso e tristeza. Digo-vos, como alguém que sabe, virá a luz, alegria será nosso quinhão, e as névoas e nuvens serão espancadas. E passamos do poder opressor das sombras e trevas, para a clara luz de Sua presença. -- Carta 7, 1892; Mensagens Escolhidas 2:242, 243. Fé a evidência do cristianismo MCP2 538 2 Quando recebes auxílio e conforto, canta em louvor a Deus. Fala com Deus. Assim te tornarás amigo de Deus. Contarás com Ele. Obterás uma fé que confiará, quer sintas como estando a confiar, quer não. Lembra-te de que o sentimento não é prova de que sejas cristão. Implícita fé em Deus mostra que és Seu filho. Confia em Deus. Ele nunca te decepcionará. Ele diz: "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não Me verá mais, mas vós Me vereis; porque Eu vivo, e vós vivereis." João 14:18, 19. Não vemos a Cristo em pessoa. É pela fé que O contemplamos. Nossa fé apega-se a Suas promessas. Foi assim que Enoque andou com Deus. -- Manuscrito 27, 1901. A fé é real MCP2 538 3 Moisés não pensava simplesmente acerca de Deus, ele O viu. Deus era a constante visão diante dele. Nunca perdeu de vista a Sua face. MCP2 538 4 Para Moisés, a fé não era uma conjectura, era a realidade. Ele cria que Deus dirigia sua vida em particular, e em todos os seus detalhes ele O reconhecia. Para obter a força a fim de resistir a todas as tentações, confiava nEle. -- Educação, 63 (1903). Vale a fé em Cristo, não as vestes MCP2 539 1 Ao estar Ele passando, ela [a mulher enferma] foi para a frente e conseguiu apenas tocar a orla de Suas vestes. Nesse momento ela soube que estava curada. Sua fé centralizou-se, não nas vestes, mas nAquele que as usava. Nesse toque único estava concentrada a fé de sua vida, e instantaneamente sua dor e debilidade desapareceram. Imediatamente sentiu o frêmito como de uma corrente elétrica a passar por todas as fibras do ser. Sobreveio-lhe a sensação de perfeita saúde. "E logo... sentiu no corpo estar curada do seu flagelo." Marcos 5:29. -- Carta 111, 1904. A fé se refere a coisas MCP2 539 2 Não havia nas vestes poder de curar. Foi a fé na Pessoa que tinha as vestes, que lhe restaurou a saúde. -- Manuscrito 105, 1901. A fé discrimina MCP2 539 3 A fé é o meio pelo qual a verdade ou o erro encontram abrigo na mente. É pelo mesmo ato da mente que se recebe a verdade ou o erro, mas faz grande diferença crermos na Palavra de Deus ou nos ditos dos homens. Quando Cristo Se revelou a Paulo, e este se convenceu de que estava perseguindo a Jesus na pessoa de Seus santos, aceitou ele a verdade como é em Jesus. Manifestou-se-lhe no caráter e na mente um poder transformador e ele se tornou um novo homem em Cristo Jesus. Recebeu a verdade tão plenamente que nem a Terra nem o inferno lhe poderiam abalar a fé. -- The Signs of the Times, 5 de Junho de 1893; Mensagens Escolhidas 1:346. A fé, um médico poderoso MCP2 539 4 A fé é um conquistador mais poderoso do que a morte. Se o doente puder ser levado a fixar com fé os olhos no poderoso Médico, veremos maravilhosos resultados. Ela trará vida ao corpo e à alma. -- A Ciência do Bom Viver, 62 (1905). Diário exercício da fé MCP2 539 5 Verifico que tenho de combater o bom combate da fé a cada dia. Tenho de exercitar toda a minha fé, e não descansar no sentimento; tenho de agir como se soubesse que o Senhor me ouve, e me responde e abençoa. A fé não é feliz impulso de sentimento; é simplesmente pegar a Deus em Sua palavra -- crer que Ele cumprirá Suas promessas porque disse que o faria. -- Carta 49, 1888; Nossa Alta Vocação, 137. Fé e obras MCP2 540 1 Quando olhais ao Calvário, não é para acalmar vossa alma no cumprimento de um dever, não para preparar-vos para dormir, mas para criar fé em Jesus, fé que opere, purificando a alma do lodo do egoísmo. Quando, pela fé, nos apegamos a Cristo, nossa obra apenas começou. MCP2 540 2 Todo homem tem hábitos corruptos e pecaminosos que têm de ser vencidos por vigorosa guerra. Alguém que seja seguidor de Cristo não pode ser desonesto nos negócios, não pode ser de coração duro, sem simpatia. Não pode ser rude na palavra. Não pode ser cheio de imponência e estima própria. Não pode ser autoritário, nem pode usar palavras ásperas, e censurar e condenar. -- Manuscrito 16, 1890; The S.D.A. Bible Commentary 6:1111. Amolda a vida MCP2 540 3 A vida é moldada pela fé. Se a luz e a verdade estão ao nosso alcance, e negligenciamos aproveitar o privilégio de ouvir e vê-las, virtualmente as rejeitamos; estamos a escolher as trevas em vez da luz. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 597 (1888). A fé promete êxito MCP2 540 4 Teremos êxito se avançarmos com fé, resolvidos a fazer a obra de Deus inteligentemente. Não nos devemos permitir ser estorvados por homens que gostam de ficar do lado negativo, demonstrando muito pouca fé. A obra missionária de Deus deve ser levada avante por homens de muita fé e deve constantemente crescer em força e eficiência. -- Carta 233, 1904. A fé purifica a alma MCP2 540 5 Fé, fé viva é que temos de ter, uma fé que opera por amor e purifica a alma. Temos de aprender a levar tudo ao Senhor, com simplicidade e fervorosa fé. O maior fardo que temos de suportar nesta vida é o próprio eu. A menos que aprendamos na escola de Cristo a ser mansos e humildes, perderemos preciosas oportunidades e privilégios de nos familiarizarmos com Jesus. O próprio eu é a coisa de mais difícil manejo que temos. Ao depormos nossos fardos, não nos esqueçamos de depor o próprio eu aos pés de Cristo. MCP2 541 1 Passai-vos, das mãos próprias para as de Jesus, para ser moldados e modelados por Ele, a fim de que vos torneis vasos para honra. Vossas tentações, vossas idéias, vossos sentimentos -- tudo tem de ser deposto aos pés da cruz. Então a alma estará disposta a escutar as palavras de instrução divina. Jesus vos dará a beber da água que dimana do rio de Deus. Sob a enternecedora e subjugante influência de Seu Espírito, vossa frieza e apatia desaparecerão. Cristo será em vós uma fonte de água que salta para a vida eterna. -- Carta 57, 1887. Abre segredos do êxito da vida MCP2 541 2 A verdadeira fé e verdadeira oração -- como são fortes! São como dois braços pelos quais o suplicante humano se apega ao poder do Infinito Amor. Fé é confiança em Deus -- crer que Ele nos ama e sabe o que é para nosso maior bem. Assim, em vez de seguirmos nossa própria vontade, leva-nos a preferir a Sua vontade. Em lugar de nossa ignorância, aceita a Sua sabedoria; em lugar de nossa fraqueza, Sua força; em lugar de nossa pecaminosidade, Sua justiça. Nossa vida, nós mesmos, já Lhe pertencemos; a fé reconhece Seu direito de propriedade e aceita a bênção disso decorrente. Verdade, retidão, pureza, são tidos como segredos do êxito da vida. É a fé que nos põe de posse das mesmas. Todo bom impulso ou aspiração é dom de Deus; a fé recebe de Deus a vida que, só, pode produzir verdadeiro crescimento e eficiência. -- Gospel Workers, 259 (1915). ------------------------Capítulo 59 -- Formação do caráter Cada ato influencia o caráter MCP2 545 1 Cada ato da vida, por menos importante que seja, tem sua influência na formação do caráter. Um bom caráter é mais precioso que posses mundanas, e a obra de formá-lo é a mais nobre na qual se possam empenhar os homens. -- Testimonies for the Church 4:657 (1881). A mente é o terreno, o caráter o fruto MCP2 545 2 Cada faculdade do homem é um operário a construir para o tempo e a eternidade. Dia a dia a estrutura vai subindo, embora o dono não se aperceba disso. É uma construção que tem de figurar ou como farol de advertência por causa de sua deformidade, ou como estrutura que Deus e os anjos admirarão, por sua harmonia com o Modelo Divino. MCP2 545 3 As faculdades mentais e morais que Deus nos concedeu não constituem o caráter. Elas são talentos que devemos aproveitar e que, se devidamente aproveitados, formarão um caráter reto. Pode um homem ter na mão sementes preciosas, mas essas sementes não são um pomar. A semente tem de ser plantada, antes de se tornar árvore. A mente é o terreno; o caráter é o fruto. Deus nos deu as faculdades para as cultivarmos e aperfeiçoarmos. Nosso próprio procedimento determina nosso caráter. No educar essas faculdades de modo que se harmonizem e formem um caráter de valor, temos uma obra que ninguém senão nós mesmos pode efetuar. -- Testimonies for the Church 4:606 (1881). Caráter nobre, formado por duras batalhas com o próprio eu MCP2 546 1 Cristo não nos deu garantia alguma de que é fácil alcançar perfeição de caráter. Não se herda caráter perfeito e nobre. Não o recebemos por acaso. O caráter nobre é ganho por esforço individual mediante os méritos e a graça de Cristo. Deus dá os talentos e as faculdades mentais; nós formamos o caráter. É formado por combates árduos e renhidos com o próprio eu. As tendências herdadas devem ser banidas por um conflito após outro. Devemos esquadrinhar-nos detidamente e não permitir que permaneça traço algum incorreto. -- Parábolas de Jesus, 331 (1900). São essenciais a meditação e a ação MCP2 546 2 Não basta a meditação abstrata; a azafamada atividade não basta -- ambos são essenciais à formação do caráter cristão. -- Testimonies for the Church 5:113 (1882). Adquirir bons hábitos mentais MCP2 546 3 Se quisermos desenvolver um caráter que Deus possa aceitar, precisamos formar hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão necessária ao crescimento na graça, e mesmo à própria vida espiritual, como o alimento temporal ao bem-estar físico. Devemos acostumar-nos a elevar muitas vezes o pensamento a Deus em oração. Se a mente vagueia, devemos fazê-la retornar; mediante perseverante esforço, o hábito finalmente fará que isto seja fácil. Não podemos, por um momento, separar-nos de Cristo com segurança. Podemos contar com Sua presença para assistir-nos a cada passo, mas somente observando nós as condições que Ele mesmo estabeleceu. -- The Review and Herald, 3 de Maio de 1881; Santificação, 103. Necessários o fervoroso propósito e firme integridade MCP2 546 4 Na obra da formação do caráter é necessária a exatidão. Deve existir um sincero propósito de executar o plano do Construtor-Mestre. Sólidas devem ser as vigas. Não se pode aceitar obra descuidada, não merecedora de confiança, pois isto arruinaria a edificação. As faculdades de todo o ser devem ser colocadas na obra. Esta exige a força e energia da varonilidade; nenhuma reserva para ser gasta em assuntos destituídos de importância. ... Deve haver sincero, cuidadoso e perseverante esforço para romper com os costumes, regras e associações do mundo. Profundidade de pensamento, sinceridade de desígnio, firme integridade, são essenciais. -- Special Testimonies on Education, 75, 76 (1897); Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 62, [no inglês]. Conservando os olhos no alvo MCP2 547 1 Pedro diz: "Associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor." 2 Pedro 1:6, 7. ... MCP2 547 2 Todos esses passos sucessivos não devem ser conservados de uma vez diante da mente e contados ao começardes; mas fixando os olhos em Jesus, com o único fito de glorificar a Deus, fareis progressos. Não podeis alcançar em um dia a medida completa da estatura de Cristo, e haveríeis de imergir no desespero, se pudésseis ver todas as dificuldades que devem ser enfrentadas e vencidas. Tendes Satanás a contender convosco e, mediante todo ardil possível, procurará desviar de Cristo a vossa mente. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893; Mensagens aos Jovens, 45. Fidelidade em coisas pequeninas (conselho a um jovem) MCP2 547 3 Teu caso é em alguns aspectos semelhante ao de Naamã. Não consideras que, para aperfeiçoar um caráter cristão tens de concordar com ser fiel em coisas pequeninas. Embora as coisas que és chamado a fazer sejam de pequena monta aos teus olhos, são todavia deveres que terás de cumprir enquanto viver. A negligência destas coisas fará uma grande deficiência em teu caráter. Deves, meu caro rapaz, educar-te quanto à fidelidade em coisas pequenas. Não podes agradar a Deus a menos que isso faças. Não podes receber amor e afeto a menos que faças justamente como te foi ordenado fazer, com voluntariedade e prazer. Se desejas que aqueles com quem convives te amem, terás que mostrar-lhes amor e respeito. -- Testimonies for the Church 2:310 (1869). O caráter será testado MCP2 548 1 Faz toda a diferença a espécie de material que se use na formação do caráter. O longamente esperado dia de Deus logo testará a obra de todo homem. "Qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará." 1 Coríntios 3:13. Como o fogo revela a diferença entre o ouro, a prata e as pedras preciosas e madeira, feno e palha, assim, o dia do juízo testará os caracteres, mostrando a diferença entre os caracteres formados segundo a semelhança de Cristo, e os formados segundo a semelhança do coração egoísta. Todo o egoísmo, toda religião falsa, então aparecerão tais quais são. O material inútil será consumido; mas o ouro da fé verdadeira, simples, humilde jamais perderá seu valor. Jamais poderá ser consumido, pois é imperecível. Uma hora de transgressão será considerada uma grande perda, ao passo que o temor do Senhor será tido como o princípio da sabedoria. O prazer da condescendência consigo perecerá como palha, enquanto o ouro do princípio firme, mantido a qualquer custo, perdurará para sempre. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900; The S.D.A. Bible Commentary 6:1087, 1088. Caracteres indisciplinados são discordantes MCP2 548 2 O caráter formado pela circunstância é volúvel e discordante -- um conjunto de contrariedades. Seus possuidores não têm alvo elevado, nem propósito na vida. Não exercem influência enobrecedora sobre o caráter de outros. São destituídos de propósito e de poder. -- Testimonies for the Church 4:657 (1881). Ninguém pode prejudicar nosso caráter tanto quanto nós mesmos MCP2 548 3 Podemos esperar que circulem relatos falsos a nosso respeito; mas se seguirmos um procedimento reto, se nos mantivermos indiferentes a essas coisas, outros também assim ficarão. Deixemos com Deus o cuidado de nossa reputação. ... A calúnia pode arrefecer pela nossa maneira de viver; não arrefece mediante palavras indignadas. Que nossa grande ansiedade seja no sentido de agir no temor de Deus e mostrar por nossa conduta que essas acusações são falsas. MCP2 549 1 Ninguém pode prejudicar nosso caráter tanto quanto [nós] mesmos. São as árvores raquíticas e as casas abaladas que precisam ser constantemente esteadas. Se nos mostramos muito ansiosos por proteger nossa reputação contra ataques de fora, damos a impressão de que ela não é sem culpa diante de Deus, e que portanto precisa ser constantemente escorada. -- Manuscrito 24, 1887; The S.D.A. Bible Commentary 3:1160, 1161. Controlado pela vontade MCP2 549 2 Não podeis controlar vossos impulsos, vossas emoções, como desejareis, mas podeis controlar a vontade, e fazer uma completa mudança em vossa vida. Cedendo a Cristo vossa vontade, vossa vida será escondida com Cristo em Deus, aliando-se ao poder que é acima de todos os principados. Tereis de Deus força que vos manterá unidos a Sua força, e uma nova luz, a própria luz da fé viva ser-vos-á possível. ... Haverá em vós um poder, um fervor e uma simplicidade que vos tornarão afiado instrumento nas mãos de Deus. -- Testimonies for the Church 5:514, 515 (1889). Os defeitos podem ser vencidos MCP2 549 3 Ninguém diga: Não posso remediar meus defeitos de caráter. Se chegardes a esta decisão, certamente deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em nossa própria vontade. Se não quiserdes, não vencereis. A dificuldade real vem da corrupção de um coração não santificado, e da involuntariedade de se submeter à direção de Deus. -- Parábolas de Jesus, 331 (1900). MCP2 549 4 Para o coração que foi purificado, tudo está mudado. A transformação do caráter é o testemunho para o mundo de que Cristo habita no ser. O Espírito de Deus produz nova vida na alma, levando os pensamentos e os desejos à obediência à vontade de Cristo; e o homem interior é renovado segundo a imagem de Deus. Homens e mulheres fracos e falíveis mostram ao mundo que o poder remidor da graça faz que o caráter falho se desenvolva em simetria e abundante fruto. -- Profetas e Reis, 233 (1917). Caráter defeituoso às vezes herdado MCP2 550 1 Há toda sorte de caráter com que tratar, nas crianças e jovens, e têm a mente impressionável. Muitas das crianças que freqüentam nossas escolas não tiveram no lar a educação apropriada. Alguns foram deixados a agir a bel-prazer; em outros foram descobertas faltas, e ficaram desanimados. Muito pouco de espírito amável e bem disposto lhes tem sido mostrado; poucas palavras de aprovação lhes foram dirigidas. Herdaram o caráter defeituoso dos pais, e a disciplina do lar não os tem ajudado na formação de um caráter reto. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 192 (1913), [no inglês]. Os defeitos fortalecem-se com os anos MCP2 550 2 Os filhos aprendem lições que não são olvidadas com facilidade. Todas as vezes que estiverem sujeitos a restrições fora do comum ou tiverem de aplicar-se a penoso estudo, apelarão aos pais imprudentes por simpatia e condescendência. Deste modo é incentivado um espírito de inquietação e descontentamento, a escola como um todo sofre em resultado da influência desmoralizadora, e o fardo do professor torna-se muito mais pesado. A maior perda, porém, é experimentada pelas vítimas desse desgoverno dos pais. Defeitos de caráter que o devido ensino teria corrigido, são deixados a fortalecer-se com os anos, para danificar e talvez destruir a utilidade de seu possuidor. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1882; Fundamentos da Educação Cristã, 65. A condescendência desajusta o caráter MCP2 550 3 Em algumas famílias a vontade da criança é lei. Tudo que ela deseja, é-lhe dado. Tudo aquilo de que não gosta, é incentivada a não gostar. Supõe-se que essa transigência torne a criança feliz, mas são justamente essas coisas que a tornam inquieta, descontente e insatisfeita com tudo. A condescendência tem-lhe estragado o apetite pelos alimentos simples e saudáveis, pelo uso verdadeiro e próprio de seu tempo, a tolerância efetuou a obra de desajustar esse caráter para o tempo e para a eternidade. -- Manuscrito 126, 1897; Orientação da Criança, 272. Mente e coração devem ser disciplinados MCP2 551 1 As crianças a quem se permita cumprir sempre sua vontade, não são felizes. O coração insubmisso não tem em si os elementos de sossego e contentamento. A mente e o coração têm de ser disciplinados e postos sob a devida restrição, a fim de que o caráter harmonize com as sábias leis que governam nosso ser. Desassossego e descontentamento são os frutos da condescendência e do egoísmo. O solo do coração, como o de um jardim, produzirá joio e espinheiros, a menos que sementes de preciosas flores sejam ali plantadas e recebam cultivo e cuidado. Como em a Natureza visível, assim se dá com a alma humana. -- Testimonies for the Church 4:202, 203 (1876). Hábitos formados na juventude assinalam o curso da vida MCP2 551 2 Pelos pensamentos e sentimentos alimentados nos primeiros anos, determina cada jovem a história de sua vida. Os hábitos corretos, virtuosos e varonis formados na juventude, tornar-se-ão parte do caráter, e geralmente determinarão o curso do indivíduo em toda a vida. Os jovens podem tornar-se viciados ou virtuosos, segundo sua escolha. Também podem ser distinguidos por atos verdadeiros e nobres, bem como por grandes crimes e impiedade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910; Orientação da Criança, 196. Vivência de dia-a-dia MCP2 551 3 O intelecto está continuamente recebendo sua forma das oportunidades e vantagens bem ou mal aproveitadas. Dia-a-dia formamos caracteres que põem os estudantes como soldados bem disciplinados, sob a bandeira do Príncipe Emanuel, ou, como rebeldes, sob a bandeira do príncipe das trevas. Qual será? -- Manuscrito 69, 1897; Orientação da Criança, 199, 200. Como é formado o caráter MCP2 551 4 É obra assaz delicada tratar com mentes humanas. A disciplina necessária para um, esmaga a outro; portanto, estudem os pais o caráter de seus filhos. Nunca sejais abruptos nem procedais por impulso. MCP2 552 1 Vi uma mãe arrebatar da mão de seu filhinho alguma coisa que lhe estava dando prazer especial, e a criança não sabia como tratar a privação. Prorrompeu num choro, pois fora maltratada e prejudicada. Então o pai, para dar fim ao choro, castigou-a desapiedadamente, e, no que respeita as aparências exteriores, a batalha terminara. Mas a luta deixou sua impressão na terna mente da criança, e não poderia apagar-se facilmente. Eu observei à mãe: "A senhora foi muito injusta com o filho. Feriu-lhe a alma e perdeu a confiança que ele lhe tinha. Como isto se restaurará, não sei." MCP2 552 2 Essa mãe foi muito imprudente; ela cedeu aos sentimentos e não procedeu cautelosamente, raciocinando da causa para o efeito. Sua maneira de agir, áspera e imprudente, incitou as piores paixões no coração do filho. Agir movido pelo impulso no governo de uma família é a pior das práticas. Quando os pais contendem com os filhos desse modo, dão começo a uma luta muitíssimo desigual. Como é injusto jogar os anos e a maturidade de força contra uma criancinha desajudada e ignorante! Cada exibição de ira por parte dos pais, confirma a rebelião no coração da criança. MCP2 552 3 Não é por um ato isolado que é formado o caráter, mas pela repetição de atos é que se estabelecem hábitos e se confirma o caráter. Para ter um caráter semelhante ao de Cristo é necessário agir como Cristo agia. Os cristãos exibem um santo temperamento, e suas ações e impulsos são induzidos pelo Espírito Santo. -- The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1912. O valor da perseverança MCP2 552 4 No aperfeiçoamento do caráter cristão é essencial perseverar em agir corretamente. Desejo impressionar nossa juventude com a importância da perseverança e da energia na obra da formação do caráter. É preciso, desde os primeiros anos, tecer no caráter princípios de rigorosa integridade, a fim de a juventude poder alcançar a mais alta norma de varonilidade e feminilidade. Devem sempre conservar diante dos olhos o fato de que foram comprados por preço, e glorificar a Deus no corpo e no espírito, que Lhe pertencem. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893; Mensagens aos Jovens, 45. A utilidade depende da decisão pessoal MCP2 553 1 Conquanto os pais sejam responsáveis pela estampa do caráter, bem como pela educação e instrução dos filhos, é ainda verdade que nossa posição e prestatividade no mundo dependem, em grande medida, de nossa própria conduta. Daniel e seus companheiros desfrutaram os benefícios da instrução e educação corretas logo nos primeiros tempos de vida, mas essas vantagens tão-somente, não teriam feito deles o que foram. Chegou o momento em que deviam agir por si mesmos, quando o futuro deles dependia de sua conduta. Decidiram então ser fiéis às lições que lhes foram dadas na meninice. O temor de Deus, que é o princípio da sabedoria, foi o fundamento de sua grandeza. O Espírito de Deus fortaleceu-lhes cada propósito bom, cada nobre resolução. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 28 (1890); Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 29. Filosofia falsa e perigosa MCP2 553 2 O espiritismo afirma que os homens são semideuses, não decaídos; que "cada mente julgará a si mesma"; que "o verdadeiro conhecimento coloca os homens acima de toda lei"; que "todos os pecados cometidos são inocentes"; pois "o que quer que seja está direito" e "Deus não condena". O mais vil dos seres humanos é por ele representado como estando no Céu, e altamente exaltado ali. Assim ele declara a todo homem: "Não importa o que você faça; viva como lhe aprouver, o Céu será seu lar." Multidões são assim levadas a crer que o desejo é a lei principal, que a libertinagem é liberdade, e que o homem só é responsável a si mesmo. -- Educação, 227, 228 (1903). Como ser vencedores MCP2 553 3 Precisamos enfrentar todos os obstáculos colocados em nosso caminho, e vencê-los um de cada vez. Se vencermos a primeira dificuldade, estaremos mais fortes para enfrentar a segunda e, a cada esforço, nos tornaremos melhor habilitados para fazer progressos. Olhando para Jesus, podemos tornar-nos vencedores. É por fixar os olhos nas dificuldades e recuar da ardente batalha pelo bem, que nos tornamos fracos e destituídos de fé. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893; Mensagens aos Jovens, 46. Dar tudo, cada dia MCP2 554 1 Dando um passo após outro, pode-se escalar a mais alta encosta e alcançar afinal o cume do monte. Não vos torneis opressos pela grande soma de trabalho que tendes de realizar durante a vossa vida, pois não se requer de vós que o façais todo de uma vez. Levai para o trabalho de cada dia toda faculdade de vosso ser, aproveitai cada oportunidade preciosa, apreciai o auxílio que Deus dá e avançai degrau a degrau na escada do progresso. Lembrai-vos de que deveis viver apenas um dia de cada vez, de que Deus vos deu um dia e que os registros celestiais mostrarão como avaliastes seus privilégios e oportunidades. Possais vós aproveitar cada dia que Deus vos concede, de maneira a poderdes afinal ouvir o Mestre dizer: "Bem está, servo bom e fiel." Mateus 25:21. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893; Mensagens aos Jovens, 46. ------------------------Capítulo 60 -- Conflito e conformação O conflito enfrentado devidamente desenvolve firmeza MCP2 555 1 Pela luta a vida espiritual é fortalecida. Provações bem suportadas desenvolverão a resistência do caráter e preciosas graças espirituais. O perfeito fruto da fé, da mansidão e da caridade sazona freqüentemente melhor debaixo de tempestades e trevas. -- Parábolas de Jesus, 61 (1900). Travando uma guerra MCP2 555 2 Não são arremedos de batalhas aquelas em que nos achamos empenhados. Estamos pelejando um combate do qual dependem resultados eternos. Temos inimigos invisíveis a enfrentar. Anjos maus estão se esforçando para obter o domínio sobre toda criatura humana. -- A Ciência do Bom Viver, 128 (1905). Os conflitos não são criados por Cristo MCP2 555 3 Vivemos num tempo solene. Há por fazer uma importante obra por nossas próprias almas e pela alma dos outros, ou defrontaremos uma perda infinita. Temos de ser transformados pela graça de Deus, ou seremos privados do Céu, e por nossa influência outros fracassarão conosco. MCP2 555 4 Permiti que vos afirme que as lutas e conflitos que têm de ser suportados no cumprimento do dever, a abnegação e sacrifícios que têm de ser feitos se somos fiéis a Cristo, não são criados por Ele. Não são impostos por ordem arbitrária ou desnecessária; não provêm da severidade da vida que Ele requer que mantenhamos em Seu serviço. Existiriam provas maiores, e em maior número, se recusássemos obediência a Cristo e nos tornássemos servos de Satanás e escravos do pecado. -- Testimonies for the Church 4:557, 558 (1881). A vida é um conflito MCP2 556 1 Esta vida é um conflito, e temos um adversário que nunca tosqueneja, e que está em constante vigilância, para nos destruir a mente e, encantando-nos, afastar-nos de nosso amado Salvador, que por nós deu a vida. -- Lar sem Sombras, 291 (1915). Prepara a alma para a paz MCP2 556 2 O Senhor permite que venham os conflitos, a fim de prepararem a alma para a paz. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 633 (1888). Experiência religiosa alcançada pelo conflito MCP2 556 3 Com energia e fidelidade devem os nossos jovens satisfazer as exigências que pesam sobre eles, e isto será uma garantia de êxito. Jovens que nunca tiveram êxito nos deveres temporais da vida estarão igualmente despreparados para desincumbir-se de deveres mais altos. A experiência religiosa só é ganha através de conflitos, através de desapontamento, através de severa disciplina de si mesmo, mediante fervorosa oração. Os passos rumo do Céu têm de ser dados um por um, e cada passo para a frente dá forças para o próximo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 100 (1913), [no inglês]. Ter felicidade agora MCP2 556 4 Eu não olho para o fim, quanto a toda a felicidade; eu desfruto felicidade enquanto vou caminhando. Não obstante ter provas e aflições, olho fora delas, para Jesus. É nas passagens estreitas, árduas, que Ele está bem ao nosso lado, e podemos comungar com Ele, depor todos os nossos fardos sobre o Portador de Fardos, e dizer: "Eis, Senhor, não posso por mais tempo levar essa carga." Então Ele nos diz: "O Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:30. Vós o acreditais? Eu o provei. Eu O amo; eu O amo. Vejo nEle encantos incomparáveis. E eu quero louvá-Lo no reino de Deus. -- Lar sem Sombras, 292 (1915). Dois princípios antagônicos MCP2 557 1 O reino de Deus não vem com aparência exterior. O evangelho da graça de Deus, com seu espírito de abnegação, não se pode nunca harmonizar com o do mundo. Os dois princípios são antagônicos. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." 1 Coríntios 2:14. -- O Desejado de Todas as Nações, 509 (1898). Não se conformar aos princípios e costumes MCP2 557 2 Semelhante a Israel, mui freqüentemente os cristãos se rendem à influência do mundo, e conformam-se aos seus princípios e costumes, a fim de obter a amizade dos ímpios; mas no fim achar-se-á que tais professos amigos são os mais perigosos adversários. MCP2 557 3 A Bíblia claramente ensina que não pode haver harmonia entre o povo de Deus e o mundo. "Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos aborrece." 1 João 3:13. Diz nosso Salvador: "Sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim." João 15:18. Satanás opera por intermédio dos ímpios, sob a capa de uma pretensa amizade, para seduzir o povo de Deus ao pecado, a fim de que os possa separar dEle, e, quando é removida a sua defesa, leva então seus agentes a se voltarem contra eles e procurar efetuar sua destruição. -- Patriarcas e Profetas, 559 (1890). Fogo comum e fogo sagrado MCP2 557 4 A verdade de Deus não tem sido engrandecida em Seu povo crente porque não a introduziram em sua experiência pessoal. Conformam-se com o mundo e dependem dele quanto a sua influência. Permitem que o mundo os converta e introduza o fogo comum em substituição do sagrado, para que possam, em seu ramo de trabalho, satisfazer à norma do mundo. MCP2 557 5 Não deve ser feito esse esforço por imitar os costumes do mundo. Esse fogo é comum, não sagrado. O pão vivo deve não só ser admirado, mas comido. Esse pão que desce do Céu dará vida à alma. É o lêvedo que absorve todos os elementos do caráter em unidade com o caráter de Cristo, e molda as objetáveis tendências hereditárias e cultivadas segundo a semelhança divina. -- Manuscrito 96, 1898. Cristo e a conformidade MCP2 558 1 Quão maravilhosa é a obra da graça no coração humano! Proporciona poder mental, sabedoria para o uso dos talentos de recursos, não em agradar-se a si mesmo mas mediante a abnegação, para levar avante a obra missionária. Cristo, o Filho de Deus, foi missionário ao nosso mundo. Diz Ele: "Quem quiser seguir-Me, abandone tudo." Não podeis amá-Lo enquanto imitais as modas do mundo ou gostais da sociedade mundana. -- Carta 238, 1907. A conformidade rebaixa as normas MCP2 558 2 A conformidade aos costumes mundanos converte a igreja ao mundo; jamais converte o mundo a Cristo. A familiaridade com o pecado inevitavelmente o fará parecer menos repelente. Aquele que prefere associar-se aos servos de Satanás, logo deixará de temer o senhor deles. Quando, no caminho do dever, somos levados à prova, como o foi Daniel na corte do rei, podemos estar certos de que Deus nos protegerá; mas se nos colocamos sob tentação, mais cedo ou mais tarde cairemos. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 509 (1888). A conformidade perverte gradualmente princípios retos MCP2 558 3 É a conformidade ao mundo que está levando nosso povo a perder a compostura. A perversão dos princípios retos não se tem produzido repentinamente. O anjo do Senhor apresentou-me esta questão em símbolos. Parecia que um ladrão se aproximava furtivamente, mais e mais, mas positivamente furtando a identidade da obra de Deus mediante o levar nossos irmãos a conformar-se às praxes mundanas. MCP2 558 4 A mente humana tomou o lugar que de direito pertence a Deus. Qualquer que seja a posição que um homem mantenha, por exaltada que seja, deve ele proceder como Cristo procederia se estivesse em seu lugar. Em cada pormenor do trabalho que executa, em suas palavras e seu caráter, deve ele ser semelhante a Cristo. -- Manuscrito 96, 1902. Unidade, mas não à custa da conformidade MCP2 559 1 Alguns que professam ser leais à lei de Deus, desviaram-se da fé e humilharam ao pó o Seu povo, representando-os como se fossem unidos aos mundanos. Deus viu e tomou nota. É chegado o tempo em que, a qualquer custo, devemos assumir a posição que Deus nos confiou. MCP2 559 2 Os adventistas do sétimo dia devem agora pôr-se como separados e distintos, povo chamado pelo Senhor Seu próprio. Enquanto isso não fizerem, não pode Ele ser glorificado neles. A verdade e o erro não podem andar em parceria. Coloquemo-nos agora onde Deus disse que devemos estar. ... Devemos porfiar pela unidade, mas não no baixo nível das praxes mundanas e da união com as igrejas populares. -- Carta 113, 1903. Linha de demarcação MCP2 559 3 Uma profunda e completa obra de reforma é necessária na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não é permitido ao mundo corromper os princípios do povo de Deus, observador dos mandamentos. Devem os crentes exercer uma influência que dê testemunho do poder dos princípios celestiais. Os que se unem à igreja têm de dar prova de uma mudança de princípios. A menos que isso se faça, a menos que seja cuidadosamente preservada a linha de demarcação entre a igreja e o mundo, o resultado será a assimilação do mundo. MCP2 559 4 Nossa mensagem à igreja e a nossas instituições é: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus." Mateus 3:2. Os atributos do caráter de Cristo devem ser nutridos, e devem tornar-se um poder na vida do povo de Deus. -- Manuscrito 78, 1905. Costumes em guerra com a natureza MCP2 559 5 Nossa civilização artificial está fomentando males que destroem os sãos princípios. Os costumes e as modas se acham em guerra com a natureza. As práticas a que eles obrigam, e as condescendências que fomentam, estão diminuindo rapidamente a resistência física e mental, e trazendo sobre a raça insuportável fardo. A intemperança e o crime, a doença e a miséria, encontram-se por toda parte. -- A Ciência do Bom Viver, 125, 126 (1903). Quando não é violado o princípio, siga-se o costume MCP2 560 1 Quando as práticas do povo não entram em conflito com a lei de Deus, podeis adotá-las. Se os obreiros deixarem de assim proceder, não só estorvarão seu próprio trabalho, mas colocarão pedras de tropeço no caminho daqueles pelos quais trabalham, impedindo-os de aceitarem a verdade. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1911. MCP2 560 2 Rogo ao nosso povo que ande cuidadosa e circunspectamente diante de Deus. Segui costumes no vestir até onde eles se conformem com os princípios da saúde. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas fazem, tendo as vestes de material bom e durável, apropriado para esta época, e não permitam que a questão do vestuário lhes encha a mente. Nossas irmãs devem vestir-se com simplicidade. Devem trajar-se com roupas modestas, com modéstia e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração viva do adorno interior da graça de Deus. -- Manuscrito 167, 1897; Orientação da Criança, 414. Separados dos costumes mundanos MCP2 560 3 Como Deus fez conhecida Sua vontade aos cativos hebreus, aos que eram muito separados dos costumes e práticas de um mundo que jazia em impiedade, assim o Senhor comunicará luz do Céu a todos os que apreciam um "assim diz o Senhor". A esses Ele expressará o Seu pensar. Os que menos estão presos a idéias mundanas, são os mais separados da ostentação, e vaidade, e orgulho e amor da promoção, e que se apresentam como Seu povo peculiar, zeloso de boas obras -- a esses revelará Ele o sentido de Sua palavra. -- Carta 60, 1898; Counsels to Writers, 101, 102. Razão para a não conformidade (mensagem a crentes) MCP2 560 4 Por que, como cristãos professos, estamos tão misturados com o mundo a ponto de perdermos de vista a eternidade, a ponto de perdermos de vista a Jesus Cristo, e a ponto de perdermos de vista o Pai? Por que -- pergunto-vos -- existem tantas famílias destituídas do Espírito de Deus? Por que há tantas famílias que possuem tão pouco da vida e do amor e semelhança de Jesus Cristo? É porque não conhecem a Deus. Se conhecessem a Deus e se, pela fé, O contemplassem em Jesus Cristo, que veio ao nosso mundo para morrer pelo homem, veriam no Filho tanta incomparável formosura que, pelo contemplar seriam transformados na mesma imagem. Agora vedes o erro de conformar-vos com o mundo. -- Manuscrito 12, 1894. Princípios legítimos circulando por todo o organismo MCP2 561 1 A conformidade com o mundo pode ser evitada pela verdade, pelo alimentar-se da Palavra de Deus, pelos seus princípios a circularem em toda a corrente vital e expressando essa palavra no caráter. Cristo, pelo apóstolo João, exorta-nos: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele." 1 João 2:15. Isto é linguagem positiva, mas é a medida divina do caráter de todo homem. -- Manuscrito 37, 1896. ------------------------Capítulo 61 -- Função vital das leis de Deus (A) O Decálogo Conhecimento da culpa MCP2 562 1 O conhecimento que Deus não queria que nossos primeiros pais tivessem, era o conhecimento da culpa. E quando acolheram as asserções de Satanás, que eram falsas, foram introduzidas em nosso mundo a desobediência e a transgressão. Esta desobediência à expressa ordem de Deus, esta crença na mentira de Satanás, abriu sobre o mundo as comportas da desgraça. -- The Review and Herald, 5 de Abril de 1898. A natureza enfraqueceu-se MCP2 562 2 A transgressão da lei de Deus trouxe miséria e morte em sua esteira. Em virtude da desobediência, perverteram-se as faculdades do homem, tomando o egoísmo o lugar do amor. Sua natureza ficou tão enfraquecida, que lhe era impossível resistir ao poder do mal; e o tentador viu satisfeito seu intento de impedir o plano divino na criação do homem, e de encher a Terra de miséria e desolação. Os homens haviam escolhido um governador que os encadeava a seu carro como cativos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 31 (1913). A lei de Deus compreendida facilmente MCP2 562 3 Não há mistério na lei de Deus. O mais débil intelecto pode apreender essas regras para regular a vida e formar um caráter à semelhança do Modelo Divino. Se os filhos dos homens na melhor de sua capacidade, obedecessem a essa lei, eles obteriam força de intelecto e poder de discernimento para compreender ainda mais dos propósitos e planos de Deus. E esse progresso não só pode ser continuado na vida presente, mas pode prosseguir através dos séculos eternos. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1886. Maravilhosa em sua simplicidade MCP2 563 1 Quão maravilhosa em sua simplicidade, sua compreensividade e perfeição, é a lei de Jeová! Nos propósitos e tratos de Deus há mistérios que a mente finita é incapaz de compreender. E é porque não podemos penetrar os segredos da sabedoria e poder infinitos que somos tomados de reverência pelo Altíssimo. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1886. Perfeita harmonia entre lei e evangelho MCP2 563 2 Há perfeita harmonia entre a lei de Deus e o evangelho de Jesus Cristo. "Eu e o Pai somos um", diz o Grande Mestre. O evangelho de Cristo são as Boas Novas da graça, ou favor, pelas quais pode o homem ser livre da condenação do pecado e habilitado a prestar obediência à lei de Deus. O evangelho aponta para o código moral como a regra da vida. Essa lei, por suas reivindicações de obediência inalterável, está continuamente encaminhando o pecador para o evangelho do perdão e da paz. MCP2 563 3 Diz o grande apóstolo: "Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei." Romanos 3:31. E mais, ele declara que "a lei é santa; e o mandamento, santo e justo e bom". Romanos 7:12. Ordenando supremo amor a Deus, e igual amor aos semelhantes, é indispensável tanto à glória de Deus como à felicidade humana. -- The Review and Herald, 27 de Setembro de 1881. Completa regra de vida MCP2 563 4 Deus deu ao homem uma completa regra de vida em Sua lei. Obedecida, ele viverá por ela, pelos méritos de Cristo. Transgredida, tem poder para condenar. A lei dirige os homens a Cristo, e Cristo os encaminha de volta à lei. -- The Review and Herald, 27 de Setembro de 1881; Nossa Alta Vocação, 136. Ampla em suas reivindicações MCP2 564 1 A lei de Deus, como apresentada nas Escrituras, é ampla em suas reivindicações. Cada princípio é santo, justo e bom. A lei põe os homens sob obrigação a Deus; alcança os pensamentos e sentimentos; e produzirá convicção do pecado em todo aquele que esteja convicto de ter transgredido suas reivindicações. Se a lei se referisse somente à conduta externa, os homens não seriam culpados de seus maus pensamentos, desejos e planos. Mas a lei requer que a própria alma seja pura, a fim de que os pensamentos e sentimentos estejam de acordo com a norma de amor e justiça. -- The Review and Herald, 5 de Abril de 1898. Só o homem, desobediente MCP2 564 2 Só o homem é desobediente às leis de Jeová. Quando o Senhor ordena que a Natureza dê testemunho das coisas que Ele fez, instantaneamente elas dão testemunho da glória de Deus. -- Manuscrito 28, 1898; The S.D.A. Bible Commentary 3:1144. De todos se exige a conformidade com a lei de Deus MCP2 564 3 Cristo veio para dar exemplo da perfeita conformidade com a lei de Deus, requerida de todos -- desde Adão, o primeiro homem, até ao último homem que viver na Terra. Ele declarou que Sua missão não era destruir a lei mas cumpri-la em perfeita e integral obediência. Desta maneira Ele engrandeceu a lei e a fez gloriosa. Em Sua vida revelou Ele sua natureza espiritual. À vista dos seres celestiais, dos mundos não caídos, e de um mundo desobediente, ingrato e profano, Ele cumpriu os vastos princípios da lei. MCP2 564 4 Ele veio para demonstrar que a humanidade, unida à divindade por viva fé, pode guardar todos os mandamentos de Deus. Ele veio para tornar claro o imutável caráter da lei, para declarar que a desobediência e a transgressão jamais pode ser galardoada com a vida eterna. Veio para a humanidade como homem, para que a humanidade pudesse tocar a humanidade, enquanto a divindade se mantivesse no trono de Deus. MCP2 565 1 Mas de modo algum veio Ele para atenuar a obrigação dos homens de ser perfeitamente obedientes. Ele não destruiu a validez das Escrituras do Antigo Testamento. Cumpriu aquilo que foi predito pelo próprio Deus. Veio, não para libertar o homem dessa lei, mas para abrir caminho pelo qual ele pudesse obedecer a essa lei e ensinar outros a fazerem o mesmo. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1898. Deus não anula sua lei MCP2 565 2 O Senhor não salva pecadores ab-rogando Sua lei, que é o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. Deus é juiz, guarda da justiça. A transgressão de Sua lei, uma única vez que seja, no menor particular, é pecado. Deus não pode desobrigar da lei, não pode anular o menor de seus itens, a fim de perdoar o pecado. A justiça, a excelência moral da lei, tem de ser mantida e justificada perante o universo celeste. E essa santa lei não pôde ser mantida a qualquer preço menor que a morte do Filho de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1898. As leis de Deus não foram por ele anuladas MCP2 565 3 Deus não anula as Suas leis. Ele não age contrariamente às mesmas. Não desfaz a obra do pecado. Mas Ele transforma. Mediante Sua graça a maldição resulta em bênçãos. -- Educação, 148 (1903). (B) A Lei de Deus no mundo físico Leis que dimanam do amor MCP2 565 4 As leis de Deus têm seu fundamento na mais imutável retidão e são estruturadas de modo que promovem a felicidade dos que as observam. -- The Review and Herald, 18 de Setembro de 1888; Filhos e Filhas de Deus, 267. MCP2 565 5 As leis a que todo instrumento humano deve obedecer dimanam do coração de amor infinito. -- Carta 20a, 1893; Mensagens Escolhidas 2:217. Lei do serviço MCP2 566 1 Os seguidores de Cristo, foram redimidos para servir. Nosso Senhor ensina que o verdadeiro objetivo da vida é servir. Cristo mesmo foi obreiro, e dá a todos os Seus seguidores a lei do serviço -- o serviço a Deus e ao próximo. Aqui Cristo apresentou ao mundo uma concepção mais elevada da vida, a qual jamais conheceram. Vivendo para servir aos outros, o homem é levado à comunhão com Cristo. A lei de servir torna-se o vínculo que nos liga a Deus e a nosso semelhante. -- Parábolas de Jesus, 326. Lei de que ninguém vive para si MCP2 566 2 Sob a direção de Deus devia Adão ocupar o lugar de cabeça da família terrestre para manter os princípios da família celestial. Isto haveria trazido paz e felicidade. Mas Satanás estava decidido a opor-se à lei de que ninguém "vive para si". Romanos 14:7. Desejava viver para o próprio eu. Buscava tornar-se o centro de influência. Fora isto que suscitara a rebelião no Céu, e foi a aceitação, por parte do homem, do mesmo princípio, o que trouxe o pecado à Terra. Quando Adão pecou, o homem ficou separado do centro prescrito pelo Céu. Um demônio tornou-se o poder central no mundo. Onde devia estar o trono de Deus, colocou Satanás o seu trono. O mundo depunha sua homenagem, qual oferta voluntária, aos pés do inimigo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 33, [no inglês]. Ensinar as crianças a obedecerem às leis da natureza e da revelação MCP2 566 3 Vós, que levais a sério o bem de vossos filhos, que desejaríeis vê-los sem gostos e apetites pervertidos, precisais insistir com perseverança em vossa maneira contrária aos sentimentos e práticas populares. Se quereis vê-los preparados para serem úteis na Terra e obterem a recompensa eterna no reino da glória, precisais ensiná-los a obedecer às leis de Deus, tanto as da Natureza como as da Revelação, em vez de seguir os costumes do mundo. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883; Temperança, 157. Remédio para a delinqüência juvenil MCP2 566 4 Tivessem pais e mães seguido a orientação dada por Cristo, não teríamos agora de ler e ouvir de pecados e crimes cometidos não só por adultos, mas mesmo por jovens e crianças. A má condição da sociedade existe porque os pais desprezaram essa instrução e negligenciaram o instruir e educar os filhos a respeitarem e honrarem os santos mandamentos de Deus. MCP2 567 1 Mesmo mestres religiosos têm deixado de apresentar a santa norma pela qual é medido o caráter, porque deixaram de respeitar a cada um dos preceitos dados por Deus, os quais são santos, justos e bons. Homens têm tomado sobre si mesmos a responsabilidade de erigir uma norma em harmonia com suas próprias idéias, e a lei de Jeová foi desonrada. Por isso é que há tão grande e generalizada iniqüidade. Por isso é que nossos dias se estão tornando semelhantes aos de Noé e Ló. -- The Review and Herald, 2 de Maio de 1893. Conexão entre a lei moral de Deus e as leis do mundo físico MCP2 567 2 Há uma íntima relação entre a lei moral e as leis que Deus estabeleceu no mundo físico. Se os homens fossem obedientes à lei de Deus, cumprindo na vida os princípios dos seus dez preceitos, os princípios da justiça que eles ensinam seriam uma salvaguarda contra hábitos errôneos. Mas como pela condescendência com o apetite pervertido eles declinaram da virtude, tornaram-se assim enfraquecidos pelas suas práticas imorais e sua violação das leis físicas. MCP2 567 3 O sofrimento e angústia que vemos por toda parte, a deformidade, decrepitude, doença e imbecilidade que agora inundam o mundo, tornam-no um hospital, em comparação com o que podia ser mesmo agora se fossem obedecidas a lei moral de Deus e a lei que Ele implantou em nosso ser. Por sua persistente violação destas leis, o homem muito agravou os males resultantes da transgressão no Éden. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1902. Lei da administração divina MCP2 567 4 O cristão deve representar um benefício aos outros. Assim ele mesmo será beneficiado. "Quem dá a beber será dessedentado." Provérbios 11:25. Esta é a lei da administração divina -- lei pela qual é propósito de Deus que as torrentes de beneficência sejam mantidas, quais águas do grande abismo, em constante circulação, retornando perpetuamente a sua fonte. No cumprimento desta lei reside o poder das missões cristãs. -- Testimonies for the Church 7:170 (1902). As leis que governam nosso ser físico MCP2 568 1 Na providência de Deus, as leis que governam nosso ser físico, com as penalidades por sua violação, foram feitas tão claras que os seres inteligentes as compreendem, e todos estão na soleníssima obrigação de estudar este assunto e viver em harmonia com a lei natural. Têm de ser agitados os princípios da saúde, e incitado profundamente o espírito público para fazerem investigação. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1902. MCP2 568 2 Os corretos hábitos físicos promovem a superioridade mental. A capacidade intelectual, a vitalidade orgânica e a longevidade, dependem de leis imutáveis. O Deus da Natureza não intervirá para preservar os homens das conseqüências de transgredir as exigências da Natureza. Aquele que se esforça pelo domínio, deve ser temperante em todas as coisas. A clareza mental de Daniel, sua firmeza de propósito, a capacidade de adquirir conhecimentos e resistir à tentação, eram em alto grau devidas à simplicidade de seu regime dietético, aliada a sua vida de oração. -- The Youth's Instructor, 9 de Julho de 1903; Mensagens aos Jovens, 242. Colhendo e semeando MCP2 568 3 Nas leis de Deus em a Natureza, o efeito segue à causa com certeza infalível. A colheita testificará do que foi a sementeira. O obreiro negligente é condenado por sua obra. A sega dá testemunho contra ele. Assim é nas coisas espirituais: a fidelidade de cada obreiro é medida pelo resultado do trabalho. O caráter de sua obra, quer diligente quer lerdo, é revelado pela messe. Assim é decidido seu destino para a eternidade. -- Parábolas de Jesus, 84 (1900). Alguns acreditam apenas naquilo que entendem MCP2 569 1 Há homens que orgulhosamente se gabam de acreditar apenas naquilo que conseguem entender. Mas a insensatez de sua jactanciosa sabedoria é visível a toda pessoa refletida. Há mistérios na vida humana e nas manifestações do poder divino nas obras da Natureza, mistérios esses que a mais profunda filosofia, a mais ampla pesquisa, são impotentes para explicar. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1886. (C) Outras leis Lei da ação obediente MCP2 569 2 A ação dá poder. Uma completa harmonia impregna o Universo de Deus. Todos os seres celestiais estão em constante atividade, e o Senhor Jesus, em Sua obra vitalícia deu a todos um exemplo. Ele andou "fazendo o bem". Deus estabeleceu a lei da ação obediente. Silenciosa mas incessantemente, os objetos de Sua criação fazem a obra que lhes é designada. O oceano está em constante movimento. A relva nascente, que hoje existe e amanhã é lançada no fogo, cumpre sua tarefa, revestindo de beleza os campos. As folhas são agitadas em movimento, e todavia mão alguma é vista a tocá-las. O Sol, a Lua e as estrelas são úteis e esplêndidos no cumprimento de sua missão. -- Lar sem Sombras, 87 (1915). Domínio universal da lei MCP2 569 3 Para aquele que assim aprende a interpretar seus ensinos, toda a Natureza se ilumina; o mundo é um compêndio, e a vida uma escola. A unidade do homem com a Natureza e com Deus, o domínio universal da lei, os resultados da transgressão, não podem deixar de impressionar o espírito e moldar o caráter. -- Educação, 100 (1903). Transgredir as leis da natureza é transgredir as leis de Deus MCP2 569 4 A contínua transgressão das leis naturais é transgressão contínua da lei de Deus. Tivessem os homens sido sempre obedientes à lei dos Dez Mandamentos, procurando viver os princípios desses preceitos, a praga de doenças que agora inunda o mundo não existiria. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 8 (1890); Conselhos Sobre Saúde, 20. A transgressão traz sofrimento mental e físico MCP2 570 1 Contra cada uma das transgressões das leis da vida, a Natureza pronuncia seu protesto. Ela tolera o abuso enquanto pode; mas afinal vem a retribuição, e sofrem as faculdades mentais assim como as físicas. Tampouco a punição recai sobre o transgressor tão-somente; os efeitos de sua condescendência vêem-se na prole, e assim o mal passa de uma geração para outra. MCP2 570 2 Muitos se queixam da Providência quando os amigos sofrem, ou são removidos pela morte; mas não é disposição de Deus que homens e mulheres levassem vida de sofrimento e morressem prematuramente, deixando sua obra inacabada. Deus queria que vivêssemos a medida completa de nossos dias, com todos os órgãos sadios, efetuando a obra que lhes é designada. É injusto atribuir-Lhe um resultado que em muitos casos é devido à transgressão da lei natural por parte do próprio indivíduo. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1902. Resposta ao deísmo MCP2 570 3 Muitos ensinam que a matéria possui força vital: que certas propriedades são comunicadas à matéria, e então fica ela a agir por meio de sua própria energia inerente; e que as operações da Natureza são dirigidas de acordo com leis fixas, nas quais o próprio Deus não pode interferir. Isto é ciência falsa, e não é apoiado pela Palavra de Deus. A Natureza é serva de seu Criador. Deus não anula Suas leis, nem age contrariamente a elas; mas está continuamente a empregá-las como Seus instrumentos. A Natureza testifica de uma inteligência, de uma presença, de uma energia ativa, que opera em suas leis e por meio das mesmas leis. Há na Natureza a operação contínua do Pai e do Filho. Cristo diz: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também." João 5:17. -- Patriarcas e Profetas, 114. A obediência traz felicidade MCP2 571 1 Aprendendo elas [as estudantes] assim as lições que há em todas as coisas criadas, e em todas as experiências da vida, mostrai que as mesmas leis que dirigem as coisas na Natureza e os fatos da vida são as que nos governam; que foram dadas para o nosso bem, e que unicamente na obediência às mesmas podemos encontrar a verdadeira felicidade e êxito. -- Educação, 103 (1903). Vastidão dos princípios da lei MCP2 571 2 Em Seus ensinos, Cristo mostrou de quão vasto alcance são os princípios da lei pronunciada do Sinai. Fez Ele uma aplicação viva dessa lei cujos princípios permanecem para sempre a grande norma de justiça -- norma pela qual todos serão julgados naquele grande dia em que se assentar o juízo e os livros forem abertos. Veio Ele para cumprir toda a justiça e, como cabeça da humanidade, mostrar ao homem que ele pode fazer a mesma obra, satisfazendo a todas as especificações dos reclamos de Deus. Pela medida da graça que Ele concede ao instrumento humano, ninguém precisa perder o Céu. A perfeição de caráter é alcançável por todo aquele que nela se empenha. Isto é a própria base do novo concerto evangélico. A lei de Jeová é a árvore; o evangelho são as perfumosas flores e os frutos que ela produz. -- The Review and Herald, 5 de Fevereiro de 1898; Mensagens Escolhidas 1:211, 213. O mais alto senso de liberdade MCP2 571 3 Não há constrangimento na obra da redenção. Não se exerce nenhuma força externa. Sob a influência do Espírito de Deus, o homem é deixado livre para escolher a quem há de servir. Na mudança que se opera quando a alma se entrega a Cristo, há o mais alto senso de liberdade. A expulsão do pecado é ato da própria alma. Na verdade, não possuímos poder para livrar-nos do poder de Satanás; mas quando desejamos ser libertos do pecado e, em nossa grande necessidade, clamamos por um poder fora de nós e a nós superior, as faculdades da alma são revestidas da divina energia do Espírito Santo, e obedecem aos ditames da vontade no cumprir o querer de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 466 (1898). ------------------------Capítulo 62 -- Comunicação Vasta influência das palavras MCP2 572 1 A voz e a língua são dons de Deus, e se usados corretamente, são um poder divino. As palavras significam muitíssimo. Podem expressar amor, dedicação, louvor, melodia a Deus, ou ódio e vingança. Palavras revelam os sentimentos do coração. Podem ser um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. A língua é um mundo de bênção ou um mundo de iniqüidade. -- Manuscrito 40, 1896; The S.D.A. Bible Commentary 3:1159. Saraivada desoladora, ou sementes de amor? MCP2 572 2 Vêem-se alguns, voltando de sua diária comunhão com Deus, revestidos da mansidão de Cristo. Suas palavras não são qual desoladora saraivada, tudo esmagando pela frente; dimanam-lhes suavemente dos lábios. Espalham sementes de amor e bondade ao longo de todo o seu caminho, e isso inconscientemente, porque Cristo vive em seu coração. Sua influência é mais sentida do que vista. -- Manuscrito 24, 1887; The S.D.A. Bible Commentary 3:1159. Palavras que animam MCP2 572 3 Os lamentos do infortúnio de um mundo ouvem-se por toda parte ao nosso redor. O pecado está fazendo incidir sua sombra sobre nós, e nossa mente deve estar preparada para toda palavra e obra boa. Sabemos que temos a presença de Jesus. A doce influência de Seu Espírito Santo está ensinando e guiando nossos pensamentos, levando-nos a falar palavras que animarão a outros, iluminando-lhes o caminho. -- Testimonies for the Church 6:115 (1900). Palavras animosas MCP2 573 1 Se olharmos ao lado brilhante das coisas, acharemos bastante para tornar-nos animosos e felizes. Se dermos sorrisos, eles nos serão devolvidos; se falarmos palavras agradáveis, animosas, elas nos serão pronunciadas em retorno. -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885. Palavras Cristocêntricas MCP2 573 2 As palavras dos homens expressam seus próprios pensamentos humanos, mas as de Cristo são espírito e vida. -- Testimonies for the Church 5:433 (1885). MCP2 573 3 Os anjos estão atentos para ouvir a espécie do testemunho que estais dando ao mundo quanto a vosso divino Mestre. Que a vossa conversação tenha por objeto Aquele que vive para interceder por vós perante o Pai. Ao pegardes na mão de um amigo, esteja em vossos lábios e coração um louvor a Deus. Isso há de atrair seus pensamentos para Jesus. -- Conflict and Courage, 119 (1892). Cristo ia logo ao ponto visado MCP2 573 4 No ensino de Cristo não existe raciocínio longo, rebuscado e complicado. Ele fere a tecla justa. Em Seu ministério lia todo o coração como um livro aberto, e da inexaurível provisão de Seu tesouro tirava coisas novas e velhas, para ilustrar e reforçar os Seus ensinos. Tocava o coração e despertava as simpatias. -- Manuscrito 24, 1891; Evangelismo, 171. De fácil compreensão MCP2 573 5 A maneira de ensinar de Cristo era bela e atraente, sempre se caracterizando pela simplicidade. Ele desdobrava os mistérios do reino do Céu pelo uso de figuras e símbolos que eram familiares aos ouvintes; e o povo comum ouvia-O com prazer, pois compreendia-Lhe as palavras. Não usava palavras eruditas, para compreender as quais fosse necessário consultar dicionário. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 240 (1913), [no inglês]. Usava linguagem clara MCP2 574 1 O argumento é bom, oportunamente; mas pode-se conseguir muito mais mediante a simples explanação da Palavra de Deus. As lições de Cristo eram tão claramente ilustradas, que os mais ignorantes lhes podiam apanhar facilmente o sentido. Jesus não usava palavras difíceis em Seus discursos; servia-Se de linguagem simples, adequada ao espírito do povo comum. Não ia, no assunto que expunha, mais longe do que eles O poderiam acompanhar. -- Obreiros Evangélicos, 169 (1915). Assuntos sérios e contra-senso sentimental MCP2 574 2 Que poderia ser mais digno de ocupar nossos pensamentos do que o plano de redenção? É um tema inesgotável. O amor de Jesus, a salvação oferecida ao homem decaído por esse infinito amor, a santidade do coração, a verdade preciosa e salvadora destes últimos dias e a graça de Cristo, são assuntos próprios para animar a alma e fazer que o coração puro experimente o gozo que tiveram os discípulos quando Jesus com eles caminhou ao dirigirem-se para Emaús. MCP2 574 3 Aquele que tiver feito de Jesus o objeto principal de seu amor, terá prazer em Sua santa companhia e de tal comunhão colherá força; o que, porém, não revelar gosto por essa espécie de conversação e preferir falar sobre futilidades sentimentais, afastou-se muito de Deus e é insensível às aspirações nobres e santas. O sensual e o terreno é por ele confundido com o celestial. -- Testimonies for the Church 5:600 (1889); Testemunhos Selectos 2:242. Buscando a simpatia humana MCP2 574 4 Quando a conversação é de caráter frívolo, revelando um desejo mal satisfeito de simpatia e reconhecimento humano, procede de um sentimentalismo apaixonado, que faz correr perigo tanto aos moços como aos velhos. Se a verdade de Deus for um princípio constante da alma, esta será como uma fonte de água viva. Poderão tentar estancá-la, mas irromperá por outro lado; permanece e não pode ser reprimida. A verdade no coração é um manancial de vida, que refrigera ao cansado e abafa os pensamentos e expressões más. -- Testimonies for the Church 5:600, 601 (1889); Testemunhos Selectos 2:242. Jamais pronuncieis uma palavra de dúvida MCP2 575 1 Todos passam por provações, por desgostos duros de suportar, por tentações difíceis de resistir. Não conteis vossas aflições aos semelhantes, também mortais, mas levai tudo a Deus em oração. Tomai como regra nunca proferir uma palavra de dúvida ou de desânimo. Está em vós fazer muito para iluminar a existência de outros, para lhes fortalecer os esforços, mediante palavras de esperança e santa alegria. -- Conflict and Courage, 119, 120 (1892). Nossas palavras nos influenciam MCP2 575 2 As palavras são mais que um indício do caráter; têm poder de reagir sobre o caráter. Os homens são influenciados por suas próprias palavras. Muitas vezes, levados por momentâneo impulso, instigados por Satanás, dão expressão ao ciúme ou às más suspeitas, exprimindo aquilo em que não crêem realmente; essa expressão, porém, reage sobre os pensamentos. São enganados pelas próprias palavras, e chegam a crer naquilo que disseram por instigação de Satanás. Uma vez tendo expressado uma opinião ou decisão, são muitas vezes demasiado orgulhosos para a retratar, e tentam provar acharem-se com a razão, até que chegam a crer ser realmente assim. MCP2 575 3 É perigoso emitir uma palavra de dúvida, perigoso questionar e criticar a luz divina. O hábito de descuidosa e irreverente crítica, reage sobre o caráter, fomentando irreverência e incredulidade. Muito homem condescendente com esse hábito assim tem prosseguido, inconsciente do perigo, até chegar ao ponto de criticar e rejeitar a obra do Espírito Santo. -- O Desejado de Todas as Nações, 323 (1898). Palavras de acusação auto-reagem MCP2 575 4 Palavras de acusação reagem sobre a própria alma. A educação da língua deve começar conosco pessoalmente. Não falemos mal de homem algum. -- Manuscrito 102, 1904. Falai palavras que inspirem ânimo e esperança MCP2 576 1 Há muita alma valorosa assaltada por tentações, prestes a desfalecer no conflito com o próprio eu e os poderes do mal. Não desalenteis essa alma em sua penosa luta. Animai-a com palavras de valor e esperança, que a incitem a perseverar no caminho. Assim irradiará, por meio de vós, a luz de Cristo. "Nenhum de nós vive para si." Pela influência que inconscientemente exercemos, outros se podem animar e fortalecer, ou ficar desanimados e alienados de Cristo e da verdade. -- Conflict and Courage, 120 (1892). Pequenas cortesias e palavras afetuosas MCP2 576 2 São as pequenas atenções, os numerosos incidentes insignificantes e simples cortesias da vida que perfazem a soma da felicidade da vida; e é a negligência de palavras bondosas, animadoras, afetuosas e das pequenas cortesias da vida que contribui para compor a súmula da vida infeliz. Ver-se-á afinal que a negação própria em favor do bem e da felicidade dos que nos rodeiam, constitui grande parte do registro vital do Céu. E revelar-se-á também o fato de que o cuidado de si, independente do bem e da felicidade de outrem, não está fora da lembrança de nosso Pai celestial. -- Testimonies for the Church 2:133, 134 (1868); Testemunhos Selectos 1:208. Guardar-se do menosprezo, indiferença e sorriso escarninho MCP2 576 3 Todos devem dispensar os preciosos tesouros do amor, não meramente para os preferidos, mas por toda alma que tem a mão e o coração na obra do ministério; pois todos os que fazem essa obra são do Senhor. Por meio deles Ele opera. Aprendei da vida de Jesus lições de amor. MCP2 576 4 Cuidem os homens quanto à maneira de falarem aos semelhantes. Não deve haver egoísmo, espírito de domínio sobre a herança do Senhor. Não deve surgir em nenhuma mente ou coração um amargo sorriso escarninho. Nem um vestígio de escárnio deve-se ouvir na voz. Pronunciai uma palavra vossa mesma; assumi atitude indiferente; mostrai suspeita, preconceito, ciúme; e pelo descontrole estará finda a obra por uma alma. -- Carta 50, 1897. Crítica e censura animam o engano MCP2 577 1 Meu irmão, tuas palavras pesadas ferem os filhos. Com o passar dos anos, a tendência deles para criticar, aumentará. O costume de criticar te está corrompendo a vida e alcançando a esposa e os filhos. Estes não são encorajados a depositar confiança em ti ou a reconhecer as próprias faltas, porque sabem que tua severa reprimenda seguir-se-á certamente. Tuas palavras são muitas vezes como desoladora saraiva que derriba tenras plantas. É impossível calcular o dano que assim se produz. Os filhos servem-se do engano para escapar às duras palavras que proferes. Evadir-se-ão à verdade para escapar à censura e punição. Ordens duras e frias não lhes farão bem algum. -- Carta 8a, 1896; O Lar Adventista, 439, 440. Arrancai toda palavra descuidada MCP2 577 2 Lembrai-vos de que por vossas palavras sereis justificados, e por vossas palavras sereis condenados. A língua precisa de freio. As palavras que falais são semente semeada, a qual produz, fruto bom ou fruto mau. Agora é vosso tempo de semear. MCP2 577 3 O bom homem, do bom tesouro do coração, tira coisas boas. Por quê? Porque Cristo é uma presença permanente na alma. A santificadora verdade é um repositório de sabedoria para todos os que praticam a verdade. Qual fonte viva, salta para a vida eterna. Quem não tem Cristo a habitar no coração condescenderá com conversa barata, afirmações exageradas, que causam dano. A língua que pronuncia coisas perversas, coisas comuns, frases da gíria, essa língua precisa ser tratada com brasas de zimbro. -- Manuscrito 17, 1895. Crescimento de anões murmuradores MCP2 577 4 Há homens que possuem excelentes faculdades, mas que chegam a um ponto de parada. Não vão em frente, para a vitória. E a habilidade com a qual Deus os dotou é de nenhum valor a Sua causa, pois não é usada. Muitos desses homens se encontram entre os murmuradores. Murmuram porque, dizem, não são apreciados. Mas eles não se apreciam a si mesmos o suficiente para cooperar com o Maior dos mestres que o mundo já conheceu. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1903. Nada de palavras rudes ou severas (conselho a um ministro e autor) MCP2 578 1 O Senhor ajudará a cada um de nós onde mais necessitarmos de auxílio, na grande tarefa de vencer e triunfar do próprio eu. Que a lei da bondade esteja em teus lábios e o óleo da graça no coração. Isso produzirá resultados maravilhosos. Serás terno, compassivo, cortês. Careces de todas essas graças. O Espírito Santo tem de ser recebido e introduzido no teu caráter; então serás como fogo santo, emitindo incenso que subirá a Deus, não de lábios que condenam, mas como uma cura para as almas humanas. Teu semblante expressará a imagem do divino. MCP2 578 2 Nenhuma palavra áspera, crítica, rude ou severa deve ser pronunciada. Esse é um fogo comum e tem de ser deixado fora de todos os nossos concílios e no trato com os irmãos. Deus requer que toda alma ao Seu serviço acenda seu incensário com as brasas de fogo sagrado. MCP2 578 3 As palavras comuns, severas, ásperas que tão de pronto procedem dos teus lábios têm de ser reprimidas e o Espírito de Deus falar através do agente humano. Contemplando o caráter de Cristo te transformarás a Sua semelhança. A graça de Cristo, tão-somente, pode mudar-te o coração, e então refletirás a imagem do Senhor Jesus. Deus nos convida a ser semelhantes a Ele -- puros, santos e sem mácula. Devemos apresentar a imagem divina. -- Carta 84, 1899; The S.D.A. Bible Commentary 3:1164. Palavras que destroem a vida MCP2 578 4 Severas provas te sobrevirão. Põe tua confiança no Senhor Jesus Cristo. Lembra-te de que pela veemência te ferirás a ti mesmo. Se, sob todas as circunstâncias quiseres assentar-te em lugares celestiais com Cristo, tuas palavras não serão carregadas com balas que ferem corações e poderão destruir a vida. -- Carta 169, 1902. Falar sobre dúvidas aumenta as dúvidas Não devemos falar sobre nossas dúvidas e provas, porque elas MCP2 579 5 se tornarão maiores toda vez que nelas falarmos. Cada vez que falarmos nelas, Satanás terá alcançado a vitória; mas se dizemos: "Confio a guarda de minha alma a Ele, como a uma fiel testemunha", testificamos então que nos entregamos a Jesus Cristo sem nenhuma reserva, e então Deus nos concede luz e nós nos alegramos nEle. Temos de colocar-nos sob os brilhantes raios do Sol da justiça, e então seremos uma luz para o mundo. "A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória." 1 Pedro 1:8. -- Manuscrito 17, 1894. Falar em fé aumenta a fé MCP2 579 1 Quanto mais falardes em fé, tanto mais fé tereis. Quanto mais vos demorardes no desânimo, falando aos outros acerca de vossas provas, e ampliando-as, para granjear a comiseração que almejais, tanto mais desânimos e provas haveis de ter. Por que chorar por aquilo que não podemos evitar? Deus nos convida a fechar as janelas que dão para a Terra e abrir as que dão para o Céu, a fim de que possa inundar nosso coração com a glória que brilha através do limiar do Céu. -- Manuscrito 102, 1901. Repreensão às vezes necessária MCP2 579 2 Conquanto nossas palavras devam sempre ser bondosas e ternas, não devem ser pronunciadas nenhumas palavras que levem um malfeitor a pensar que sua maneira de viver não seja objetável a Deus. Esta é uma espécie de comiseração que é terrena e enganadora. Os malfeitores carecem de conselho e repreensão, e têm de às vezes ser censurados asperamente. -- Manuscrito 17, 1899. O que as palavras revelam MCP2 579 3 Não podeis ser cuidadosos demais quanto ao que dizeis, pois as palavras que pronunciais mostram que poder está controlando vossa mente e coração. Se Cristo reina em vosso coração, vossas palavras revelarão a pureza, formosura e fragrância de um caráter moldado e modelado por Sua vontade. Desde a queda, porém, Satanás é um acusador dos irmãos, e deveis estar em guarda a fim de não revelar o mesmo espírito. -- Carta 69, 1896. Necessária a repetição MCP2 580 1 Não julgueis que, tendo pregado sobre determinado assunto uma vez, vossos ouvintes retenham na mente tudo que apresentastes. Há o perigo de passar demasiado depressa de um ponto para outro. Dai lições breves, em linguagem clara e simples, e deixai que se repitam muitas vezes. Sermões curtos serão lembrados muito mais do que os longos. Nossos oradores devem lembrar-se de que os assuntos que apresentam podem ser novos para alguns de seus ouvintes; portanto, os pontos principais devem ser apresentados repetidamente. -- Gospel Workers, 168 (1915). Maneiras nervosas, apressadas prejudicam a comunicação MCP2 580 2 Os ministros e os professores devem dar especial atenção ao cultivo da voz. Devem aprender a falar, sem nervosismo e precipitação, mas enunciando pausada, distinta e claramente, conservando a harmonia da voz. MCP2 580 3 A voz do Salvador era qual música aos ouvidos dos que se achavam habituados à pregação monótona e sem vida dos escribas e fariseus. Ele falava devagar, e de modo impressivo, acentuando as palavras a que desejava que os ouvintes dessem especial atenção; velhos e novos, ignorantes e instruídos, podiam apreender-Lhe plenamente o sentido das palavras. Isto haveria sido impossível, falasse ele de maneira apressada, precipitando sentença após sentença, sem uma pausa. O povo escutava-O com muita atenção, e diziam a Seu respeito que Ele não falava como os escribas e fariseus; pois Sua palavra era como a de alguém que tinha autoridade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 239, 240 (1913), [no inglês]. Clareza de expressão e ênfase apropriada MCP2 580 4 Por fervorosa oração e diligente esforço devemos alcançar a aptidão ao falar. Esta aptidão abrange pronunciar claramente cada sílaba, pondo a força e a ênfase no lugar que lhe cabe. Falai devagar. Muitos falam rapidamente, precipitando uma palavra após outra tão depressa que se perde o efeito do que dizem. Naquilo que dizeis, ponde o espírito e a vida de Cristo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 254, 255 (1913), [no inglês]. Falai com melodia, e uma sentença de cada vez MCP2 581 1 Quando eu era mais moça, costumava falar demasiado alto. O Senhor mostrou-me que eu não poderia causar no povo a devida impressão elevando a voz a um tom fora do natural. Foi-me então apresentado Cristo e Sua maneira de falar; e havia suave melodia em Sua voz. Esta, lenta e calma, chegava aos que O escutavam, e Suas palavras penetravam-lhes no coração, e eles podiam apanhar o que fora dito antes de ser proferida a sentença seguinte. Alguns parecem pensar que devem correr adiante, do contrário, perderão a inspiração, e o povo também. Se isto é inspiração, deixai-os perdê-la, e quanto mais depressa, melhor. -- Manuscrito 19b, 1890; Evangelismo, 670. Faculdades de expressão oral, sob controle da razão MCP2 581 2 Vossa influência deve ter vasto alcance, e as faculdades de expressão oral devem achar-se sob o controle da razão. Quando forçados os órgãos vocais, perde-se a modulação da voz. Importa vencer decididamente a tendência de falar apressado. Deus reclama do instrumento humano todo o serviço que ele pode dar. Todos os talentos concedidos a esse instrumento devem ser cultivados e apreciados e empregados como precioso dom do Céu. Os obreiros no campo da seara são os instrumentos indicados por Deus, condutos pelos quais pode comunicar luz do Céu. -- Special Testimonies, Série A, 7:10, 6 de Janeiro de 1897; Evangelismo, 668. Ciência de ler, do mais alto valor MCP2 581 3 A ciência de ler corretamente e com a própria entonação, é de alto valor. Não importa quanto conhecimento tenhais adquirido em outros sentidos, se negligenciastes o cultivo da voz e da maneira de falar de modo que possais falar e ler distinta e inteligentemente, todo o vosso saber de pouco proveito será, pois sem a cultura da voz não podeis comunicar prontamente e de maneira distinta aquilo que aprendestes. -- Manuscrito 131, 1902; Evangelismo, 666. Coisas reais e imaginárias MCP2 582 1 Em certa ocasião, estando o célebre ator Betterton a jantar como o Dr. Sheldon, arcebispo de Cantuária, este lhe disse: "Faça o obséquio de dizer-me, Sr. Betterton, por que é que os atores afetam tão poderosamente o auditório, falando-lhes de coisas imaginárias?" MCP2 582 2 "Senhor", respondeu Betterton, "com a devida submissão a vossa graça, permita que lhe diga que a razão é clara: tudo consiste no poder do entusiasmo. Nós, no palco, falamos de coisas imaginárias como se elas fossem reais; e vós, no púlpito, falais de coisas reais como se fossem imaginárias." -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 255, [no inglês] (6 de Julho de 1902). Viver e falar acima de nosso ambiente MCP2 582 3 Embora prevaleça a iniqüidade em toda a nossa volta, não devemos aproximar-nos dela. Não faleis da iniqüidade e perversidade que há no mundo, mas elevai o pensamento e falai do vosso Salvador. Quando vedes iniqüidade em toda a vossa volta, tanto mais contentes ficareis por ser Ele vosso Salvador, e nós Seus filhos. -- Manuscrito 7, 1888. Aprendei a eloqüência do silêncio MCP2 582 4 Uma vez dando lugar a um espírito de ira, a pessoa fica exatamente tão intoxicada como o homem que levou aos lábios a taça. Aprendei a eloqüência do silêncio e sabei que Deus respeita a aquisição feita pelo sangue de Cristo. Educai-vos; temos que aprender a cada dia. Temos de subir mais e mais alto e mais perto de Deus. Tirai o entulho da estrada do rei. Fazei um caminho para que o Rei possa estar em nosso meio. Lavai de vossa boca as conversas indecentes ver Colossences 3:8. -- Manuscrito 6, 1893. Santa restrição MCP2 582 5 Sem fé é impossível agradar a Deus. Podemos ter a salvação de Deus em nossa família, mas devemos crer neste sentido, viver neste sentido e ter constante, permanente, fé e confiança em Deus. Cumpre submetermos um temperamento impulsivo, e dominar nossas palavras; e a esse respeito conseguiremos grandes vitórias. MCP2 583 1 A menos que controlemos nossas palavras e nosso gênio, somos escravos de Satanás. Achamo-nos sujeitos a ele. Ele nos leva cativos. Todas as palavras de altercação, palavras desagradáveis, impacientes, irritadas, são uma oferta feita a sua satânica majestade. E é uma custosa oferta, mais custosa do que qualquer sacrifício que possamos fazer a Deus; pois ela destrói a paz e a felicidade de famílias inteiras, destrói a saúde, e é afinal causa de perder-se uma vida eterna de felicidade. MCP2 583 2 A restrição que a Palavra de Deus nos impõe, é para nosso próprio bem. Essa restrição aumenta a felicidade de nossa família e de todos os que nos rodeiam. Apura-nos o gosto, santifica-nos o juízo e traz paz de espírito e, no fim, a vida eterna. Sob essa santa restrição, cresceremos em graça e humildade, e tornar-se-á mais fácil falar retamente. O temperamento natural, apaixonado, será mantido em sujeição. A presença constante do Salvador em nosso íntimo nos fortalecerá a cada hora. Anjos ministradores demorar-se-ão em nossa morada, e levarão alegremente para o Céu as novas de nosso progresso na vida divina, e o anjo relator fará um registro animador e feliz. -- Testimonies for the Church 1:310 (1862); Testemunhos Selectos 1:108. ------------------------Capítulo 63 -- Imaginação Cristo empregou a imaginação MCP2 587 1 Por intermédio da imaginação, [Cristo] chegava-lhes à alma. Suas ilustrações eram tiradas das coisas da vida diária, e, conquanto simples, encerravam admirável pureza de sentido. As aves do Céu, os lírios do campo, a semente, o pastor e as ovelhas -- com essas coisas ilustrava Cristo a verdade imortal; e sempre posteriormente, quando acontecia verem essas coisas da Natureza, elas lhes lembravam Suas palavras. As ilustrações de Cristo repetiam-Lhe continuamente as lições. MCP2 587 2 Cristo nunca lisonjeava os homens. Não dizia o que lhes fosse exaltar as fantasias e imaginações, nem os louvava pelas invenções inteligentes; mas pensadores profundos, livres de preconceito, recebiam-Lhe os ensinos, e verificavam que estes lhes punham à prova a sabedoria. Maravilhavam-se ante a verdade espiritual expressa na mais simples linguagem. -- O Desejado de Todas as Nações, 254 (1898). Dever de controlar a imaginação MCP2 587 3 Poucos reconhecem que é dever exercer controle sobre os pensamentos e imaginações. É difícil manter a mente indisciplinada fixa em assuntos proveitosos. Mas se os pensamentos não são empregados apropriadamente, não pode a religião florescer na alma. A mente tem de ser pré-ocupada com coisas sagradas e eternas, ou do contrário ela nutrirá pensamentos frívolos e superficiais. Tanto as faculdades intelectuais como as morais, têm de ser disciplinadas, e se fortalecerão e aprimorarão com o exercício. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 544 (1913), [no inglês]. Doenças às vezes produzidas pela imaginação MCP2 588 1 A doença é às vezes produzida, e com freqüência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos, poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). Imaginação pervertida MCP2 588 2 Segundo o Senhor me tem revelado, as mulheres desta classe [as que têm um conceito exagerado de suas qualidades] tiveram pervertida sua imaginação pela leitura de novelas, por devaneios e construção de castelos no ar -- vivendo num mundo imaginário. Não reduzem suas idéias aos deveres comuns e úteis da vida. Não assumem os encargos da vida que lhes estão no caminho nem procuram arrumar para o esposo um lar feliz e prazenteiro. Depõem sobre ele todo o seu peso, não assumindo seu próprio fardo. Esperam que outros antecipem suas necessidades e as satisfaçam por elas, enquanto se sentem livres para criticar e questionar como lhes apraz. Essas mulheres têm um doentio sentimentalismo, pensando constantemente não serem apreciadas, e que o esposo não lhes dá toda a atenção que merecem. Imaginam-se mártires. -- Testimonies for the Church 2:463 (1870). Conselho a um homem de imaginação doentia MCP2 588 3 Vi que o Senhor te havia concedido luz e experiência para que visses a pecaminosidade de um espírito precipitado, e controlasses tuas paixões. Tão certo como é deixares de isso fazer, exatamente tão certo é perderes a vida eterna. Tens de vencer essa doença da imaginação. MCP2 589 1 És extremamente sensível, e te sentes ferido se alguém pronunciar uma palavra favorecendo um procedimento oposto ao que tens estado a seguir. Sentes-te acusado e achas que te deves defender, salvar a vida; e em teu empenhado esforço de salvar a vida, tu a perderás. Tens uma obra a fazer: morrer para o próprio eu e cultivar um espírito de paciência e resignação. Despreza a idéia de que não és usado corretamente, de que sofres injustiças, que alguém te queira excluir ou fazer-te mal. Vês com falsos olhos. Satanás te leva a ter pontos de vista distorcidos das coisas. -- Testimonies for the Church 2:424 (1870). A razão controlada pela imaginação MCP2 589 2 És capaz de controlar a imaginação e vencer esses acessos nervosos. Tens força de vontade, e deves trazê-la ao teu auxílio. Não tens feito isso, mas tens deixado a imaginação altamente agitada controlar a razão. Nisto tens ofendido o Espírito de Deus. Se não tivesses poder sobre os teus sentimentos, isso não seria pecado; mas não há defesa para ceder assim ao inimigo. Tua vontade precisa ser santificada e subjugada, em vez de dispor-se em oposição à de Deus. -- Testimonies for the Church 5:310, 311 (1885). O regime alimentar afeta a imaginação MCP2 589 3 A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos insalubres. Depois de algum tempo, devido à continuada complacência com o apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-se um estado mórbido, experimentando-se intenso desejo de tomar comida mais estimulante. O chá, o café e os alimentos cárneos, produzem efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica excitado e, em certos casos, momentaneamente, o intelecto parece revigorado e a imaginação mais viva. -- Testimonies for the Church 3:487 (1875); Testemunhos Selectos 1:416, 417. Efeito do chá, café e outras beberagens populares MCP2 589 4 O chá atua como estimulante e, até certo grau, produz intoxicação. A ação do café, e de muitas outras bebidas populares, é idêntica. O primeiro efeito é estimulante. São excitados os nervos do estômago; estes comunicam irritação ao cérebro, o qual, por sua vez, desperta para transmitir aumento de atividade ao coração, e uma fugaz energia a todo o organismo. Esquece-se a fadiga; parece aumentar a força. Desperta o intelecto, torna-se mais viva a imaginação. -- A Ciência do Bom Viver, 326 (1905). Avivamentos populares e a imaginação MCP2 590 1 Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à imaginação, excitação das emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos desta maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o serviço religioso assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 463 (1888). O teatro deprava a imaginação MCP2 590 2 Entre as casas de diversões, a mais perigosa é o teatro. Em lugar de ser uma escola de moralidade e virtude, como tantas vezes se alega, é ele justamente o viveiro da imoralidade. Os hábitos viciosos e as tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. As cantigas baixas, os gestos, expressões e atitudes indecentes corrompem a imaginação e aviltam a moral. Todo jovem que assiste habitualmente a tais exibições será corrompido em princípio. MCP2 590 3 Não existe em nosso país influência mais poderosa para corromper a imaginação, destruir as impressões religiosas e enfraquecer o gosto pelos prazeres tranqüilos e as sóbrias realidades da vida, do que as diversões teatrais. O gosto por estas cenas aumenta com cada transigência, assim como o desejo para com as bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é evitar o teatro, o circo, e todos os outros lugares de diversões duvidosos. -- Testimonies for the Church 4:652, 653 (1881); Conselhos Sobre Saúde, 198. A ficção cria um mundo imaginário MCP2 591 1 Tende-vos entregue à leitura de romances e novelas a ponto de viver em um mundo imaginário. A influência dessa leitura é prejudicial tanto à mente como ao corpo; enfraquece o intelecto e ocasiona terrível sobrecarga às forças físicas. Ocasiões há em que vossa mente possui sanidade precária, devido à imaginação ter sido super-excitada e levada a um estado mórbido pela leitura de ficções. A mente deve ser disciplinada por tal forma, que todas as suas faculdades sejam harmonicamente desenvolvidas. ... MCP2 591 2 Caso a imaginação seja constantemente super-alimentada e excitada com literatura de ficção, torna-se em breve um tirano, controlando todas as outras faculdades da mente, fazendo com que o gosto se torne caprichoso e pervertendo as tendências. -- Testimonies for the Church 4:497 (1881); Testemunhos Selectos 1:569. A leitura afeta o cérebro MCP2 591 3 Conheço pessoalmente alguns que perderam o saudável tono da mente mediante errôneos hábitos de leitura. Atravessam a vida com uma imaginação doentia, avolumando toda pequenina ofensa. Coisas a que um espírito são, razoável, não daria atenção, tornam-se para eles provas insuportáveis, intransponíveis obstáculos. Para eles a vida se acha continuamente envolta em sombras. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 124 (1890); Fundamentos da Educação Cristã, 162, 163. A vista corrompe a imaginação MCP2 591 4 Este é um século em que a corrupção prolifera por toda parte. A concupiscência dos olhos e corruptas paixões são despertadas pela contemplação e pela leitura. O coração corrompe-se pela imaginação. A mente toma prazer em contemplar cenas que despertam as paixões baixas e vis. Essas imagens abjetas, vistas através de uma imaginação manchada, corrompem a moral e preparam os seres iludidos e fascinados a dar rédea solta às paixões concupiscentes. Então seguem-se pecados e crimes que arrastam para o nível dos animais, seres formados à imagem de Deus, afundando-os afinal na perdição. MCP2 591 5 Evitai ler e ver coisas que sugiram pensamentos impuros. Cultivai as faculdades morais e intelectuais. Não deixeis que essas nobres qualidades sejam enfraquecidas e pervertidas pela muita leitura, mesmo de livros de contos. Conheço mentes robustas que se tornaram desequilibradas e parcialmente insensibilizadas, ou paralisadas, pela intemperança na leitura. -- Testimonies for the Church 2:410 (1870). Masturbação e imaginação MCP2 592 1 Nas pessoas viciadas no hábito do abuso próprio é impossível despertar-lhes as sensibilidades morais para apreciarem as coisas eternas, ou deleitar-se em exercícios espirituais. Pensamentos impuros tomam e controlam a imaginação e fascinam a mente, e segue-se um quase incontrolável desejo para a prática de atos impuros. Se a mente fosse educada a contemplar assuntos elevados, a imaginação ensinada a refletir sobre coisas puras e santas, ela seria fortalecida contra esse vício terrível, degradante, destruidor da alma e do corpo. Seria, pela disciplina, acostumada a demorar-se nas coisas elevadas, celestiais, puras e sagradas, e não poderia ser atraída para esse vício torpe, corrupto e vil. -- Testimonies for the Church 2:470 (1870). Os devaneios levam à exaltação-própria MCP2 592 2 Se os pensamentos, os devaneios da mente são de grandes propósitos nos quais figure o próprio eu, revelar-se-á em palavras e atos a exaltação-própria, um erguimento do eu. Esses pensamentos não são de molde que conduzam a um íntimo andar com Deus. Os que agem sem refletida consideração, agem imprudentemente. Fazem esforços esporádicos, empenham-se aqui e ali, apegam-se a isto e àquilo, mas isso nada realiza. Assemelham-se à videira; seus brotos, abandonados a si mesmos, ficam a espalhar-se em todas as direções e se agarram a qualquer detrito ao seu alcance; mas antes que a videira possa ter qualquer uso, esses rebentos têm de ser arrancados das coisas às quais se agarram e treinados a apegar-se às coisas que os tornarão graciosos e bem formados. -- Carta 33, 1886. Controle da imaginação MCP2 592 3 Se tivesses disciplinado a mente a demorar-se em assuntos elevados, meditando sobre temas celestiais, poderias ter realizado muito bem. Poderias ter tido influência sobre a mente de outros, a fim de que volvessem seus egoístas pensamentos e disposição de amor ao mundo, para condutos de espiritualidade. Fossem tuas afeições e pensamentos postos em sujeição à vontade de Cristo, serias capaz de realizar boas coisas. Tua imaginação está enferma porque lhe permitiste correr por um conduto proibido, tornando-se afeita aos devaneios. O sonhar acordada e romântica construção de castelos tornaram-na inútil. Tens vivido num mundo imaginário; tens sido uma mártir imaginária e uma imaginária cristã. -- Testimonies for the Church 2:251 (1869). Mantenham-se longe do terreno encantado de Satanás (conselho a uma família centralizada em si) MCP2 593 1 Deveis conservar-vos afastados do terreno encantado de Satanás, e não permitir que vossa mente se desvie da fidelidade para com Deus. Por meio de Cristo podeis e deveis ser felizes, e adquirir hábitos de domínio próprio. Até vossos pensamentos devem ser trazidos em sujeição à vontade de Deus, e vossos sentimentos sob o domínio da razão e da religião. Vossa imaginação não vos foi dada para que se lhe permitisse correr desenfreada a seu bel-prazer, sem nenhum esforço para restringi-la ou discipliná-la. Se os pensamentos forem maus, maus serão também os sentimentos; e os pensamentos e os sentimentos, combinados, constituem o caráter moral. Quando julgais que, como cristãos, não vos é requerido restringir os pensamentos e sentimentos, sois levados sob a influência dos anjos maus, e convidais a sua presença e o seu domínio. Se cederdes às vossas impressões, e permitirdes que os pensamentos sigam o rumo da suspeita, da dúvida, dos lamentos, achar-vos-eis então entre os mais infelizes dos mortais, e vossa vida se demonstrará um fracasso. -- Testimonies for the Church 5:310 (1885); Mensagens aos Jovens, 92. Vendo a vida tal qual é MCP2 593 2 A menos que olheis a vida tal qual é, lançando para o lado as brilhantes fantasias da imaginação, e descendo às sóbrias lições da experiência, despertareis quando for tarde demais. Vereis então o terrível erro que fizestes. -- Testimonies for the Church 3:43 (1872). Desejo de adquirir cria necessidades imaginárias MCP2 594 1 O caso do irmão I é terrível. Este mundo é seu deus; ele adora o dinheiro. ... Ele não precisa a censura de ninguém, mas a comiseração de todos. Sua vida tem sido um erro terrível. Tem sofrido imaginárias necessidades pecuniárias, enquanto rodeado de abastança. Satanás tomou posse de sua mente e, excitando sua tendência gananciosa, fê-lo insensato quanto a este assunto. As faculdades mais altas, nobres de seu ser foram levadas muito em sujeição a essa propensão mesquinha, egoísta. MCP2 594 2 Sua única esperança está em partir os grilhões de Satanás e vencer este mal de seu caráter. Ele tem tentado isso, fazendo algo depois que foi trabalhado pela consciência, mas isto não basta. Fazer meramente um grande esforço e se desfazendo de um pouquinho de seu Mamom, ficando todo o tempo com a impressão de que está se privando da vida, não é fruto da verdadeira religião. MCP2 594 3 Ele tem de educar a mente para fazer boas obras; tem de lutar contra a tendência de adquirir. Tem de entretecer boas obras em toda a vida. Tem de cultivar um amor ao fazer o bem e pôr-se acima do mesquinho, avaro espírito que tem promovido. -- Testimonies for the Church 2:237, 238 (1869). Superstição provém da imaginação MCP2 594 4 Tua experiência foi-me mostrada como não merecedora de confiança porque se opõe à lei natural. Está em conflito com os imutáveis princípios da Natureza. A superstição, minha querida irmã, provindo de uma imaginação doentia, lança-te em conflito com a ciência e os princípios. Qual deverá ser renunciado? Teus fortes preconceitos e muito fixas idéias acerca de qual o melhor procedimento a seguir, a teu próprio respeito, por muito tempo te detiveram do bem. Por anos compreendi teu caso, mas tenho-me sentido incompetente de apresentar o assunto de modo tão claro que o visses e compreendesses, e pusesses em uso prático a luz que te foi concedida. -- Testimonies for the Church 3:69 (1872). As mães e a imaginação MCP2 594 5 Foram-me mostradas mães que são governadas por uma imaginação doentia, a influência da qual é sentida pelo marido e filhos. As janelas devem ser conservadas fechadas, pois a mãe é sensível ao ar. Se está sentindo qualquer frio, e é efetuada alguma mudança em suas roupas, pensa ela que seus filhos devem ser tratados da mesma maneira, e assim toda a família se priva de vigor físico. Todos são afetados por uma mente, e física e mentalmente prejudicados pela imaginação doentia de uma mulher que se considera padrão de julgamento para toda a família. ... MCP2 595 1 Dessa forma, as pessoas trazem doenças sobre si mesmas, por causa de seus maus hábitos; mesmo em face da luz e do conhecimento, preferem elas seguir os seus próprios caminhos. Raciocinam da seguinte forma: "Não temos experimentado o assunto? e não o entendemos por experiência?" Mas a experiência de uma pessoa, cuja imaginação é deficiente, não deve ter muito peso para ninguém. -- Testimonies for the Church 2:524 (1870); Conselhos Sobre Saúde, 96. Utilizando as forças naturais da mente MCP2 595 2 Todos são agentes morais livres, e como tais têm de pôr seus pensamentos a correr no conduto certo. Este é um vasto campo no qual a mente pode com segurança ter participação. Se Satanás procura desviar a mente para assuntos baixos e sensuais, trazei-a de volta e colocai-a em coisas eternas; e quando o Senhor vê o resoluto esforço feito para só reter pensamentos puros, Ele atrairá a mente, como um magneto, purificará os pensamentos, e habilitá-los-á a purificar-se de todo pecado secreto. "Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo." 2 Coríntios 10:5. MCP2 595 3 A primeira obra dos que desejam reformar-se é purificar a imaginação. Se a mente é guiada em direção viciosa, tem de ser refreada, cultivando só assuntos puros e elevados. Quando tentados a ceder a uma imaginação corrupta, fugi para o trono da graça e orai pedindo forças do Céu. Na força de Deus a imaginação pode ser disciplinada, de modo a só se demorar em coisas puras e celestiais. -- Appeal to Mothers, 30. ------------------------Capítulo 64 -- Hábitos A Bíblia apresenta princípios MCP2 596 1 A Palavra de Deus é abundante em princípios gerais para a formação de corretos hábitos de vida, e os testemunhos, gerais e pessoais são calculados a chamar... atenção mais especialmente sobre esses princípios. -- Testimonies for the Church 5:663, 664 (1889). Como cadeia de ferro MCP2 596 2 Uma vez formado, o hábito é qual uma cadeia de ferro. Podeis lutar desesperadamente contra ela, mas não se romperá. Vosso único procedimento seguro é construir para o tempo e a eternidade. -- Carta 117, 1901. Regras de hábito MCP2 596 3 É dever de todos observar estritas regras em seus hábitos de vida. Isto é para vosso próprio bem, querida juventude, tanto física como moralmente. Ao vos levantardes, de manhã, tomai em consideração, tanto quanto possível, a tarefa que tendes de cumprir durante o dia. Se necessário, mantende uma agendinha na qual anoteis as coisas por fazer, e marqueis uma ocasião na qual fazer vosso trabalho. -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897. Hábitos regulares melhoram a saúde MCP2 596 4 Nosso Deus é um Deus de ordem, e deseja que Seus filhos queiram pôr-se em ordem e sob disciplina. Não seria melhor, portanto, romper com esse hábito de fazer da noite, dia, e das frescas horas da manhã, noite? Se os jovens formassem hábitos de regularidade e ordem, melhorariam quanto a saúde, a vivacidade, a memória e a disposição. -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897. Removendo a causa da doença MCP2 597 1 Hábitos justos e corretos, praticados inteligente e perseverantemente, removerão a causa da doença, e não há necessidade de recorrer às drogas fortes. Muitos seguem passo a passo com suas condescendências não naturais, o que introduz um estado de coisas tão desnatural quanto possível. -- Manuscrito 22, 1887. Hábitos apropriados promovem saúde MCP2 597 2 A saúde pode ser conseguida por apropriados hábitos de vida, e pode ser levada a render juros, e juros compostos. Mas este capital, mais precioso do que qualquer depósito de banco, pode ser sacrificado pela intemperança no comer e beber, ou deixando que os órgãos se enferrujem pela inatividade. Condescendências de estimação têm de ser renunciadas; a preguiça, vencida. -- Testimonies for the Church 4:408 (1880). Hábitos que degradam as mais altas faculdades MCP2 597 3 Qualquer hábito que não promova o perfeito funcionamento saudável do organismo humano degrada as mais elevadas e nobres faculdades. Os maus hábitos no comer e beber conduzem a erros no pensamento e ação. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881; Conselhos Sobre Saúde, 67. Vencendo hábitos estabelecidos MCP2 597 4 Em muitos casos, precisam ser vencidos hábitos e idéias estabelecidos, antes de podermos fazer progresso na vida religiosa. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1887; Fundamentos da Educação Cristã, 118. Hábitos errados, difícil desaprender (conselho a um executivo) MCP2 597 5 Ser-te-á difícil agora fazer em teu caráter as modificações que Deus requer que faças, porque foi-te difícil ser pontual e expedito na ação, na juventude. Quando o caráter está formado, os hábitos fixos, e as faculdades mentais e morais se tiverem firmado, é muito difícil desaprender hábitos errôneos, ser expedito na ação. MCP2 598 1 Deves reconhecer o valor do tempo. Não podes ser desculpado por deixar o importantíssimo, embora desagradável trabalho, com a esperança de livrar-te dele completamente, ou pensando que se tornará menos desagradável, enquanto ocupas o tempo com trabalhos agradáveis, que não exigem muito esforço. Deves fazer primeiro o trabalho que tem de ser feito e que envolve os interesses vitais da causa, e assumir as atividades menos importantes depois de acabadas as mais necessárias. MCP2 598 2 Pontualidade e decisão na obra e causa de Deus são muito necessárias. Atrasos são virtualmente defeitos. Os minutos são áureos e devem ser aproveitados da melhor das maneiras. Relações terrenas e interesses pessoais devem sempre ser secundários. Nunca deve a causa de Deus ser levada a sofrer em qualquer particular por causa de nossos amigos terrestres ou os mais queridos parentes. -- Testimonies for the Church 3:499, 500 (1875). Tendências hereditárias e cultivadas tornam-se hábitos MCP2 598 3 A grande tendência hereditária e cultivada para o mal, em Judas foi a cobiça. E pela prática isso se tornou um hábito que ele levou consigo em todos os seus negócios. Os princípios cristãos de retidão e justiça não tinham lugar no vender e comprar. Seus hábitos de economia evoluíram num espírito avarento e se tornaram uma cilada fatal. O ganho era sua medida de uma vivência religiosa correta, e toda a verdadeira justiça tornou-se subordinada a isso. Conquanto continuasse discípulo pró-forma, enquanto na própria presença pessoal de Cristo, apropriava-se de meios que pertenciam ao tesouro do Senhor. -- Manuscrito 28, 1897. Os hábitos decidem o futuro MCP2 598 4 Tem de ser lembrado que os jovens estão formando hábitos que, nove vezes dentre dez, lhes decidirão o futuro. A influência das amizades que mantêm, as associações que formam e os princípios que adotam serão levados consigo através da vida. -- Testimonies for the Church 4:426 (1880). Mais fácil formar hábitos maus do que bons MCP2 599 1 As crianças são especialmente susceptíveis às impressões; e as lições que recebem nos primeiros anos, levarão consigo através da vida. Todo o saber que possam adquirir, jamais desfará o mal resultante de uma disciplina frouxa na infância. Uma negligência, muitas vezes repetida, forma um hábito. Um ato errado prepara o caminho para outro. Esse ato, repetido, forma um hábito. MCP2 599 2 Maus hábitos contraem-se mais facilmente do que bons, e são abandonados com mais dificuldade. Toma muito menos tempo e sacrifício o estragar a disposição de uma criança, do que leva para imprimir princípios e hábitos de justiça nos recessos da alma. É somente pela constante vigilância e atuação contrária ao mal, que podemos ter esperança de endireitar a disposição. MCP2 599 3 O Senhor estará convosco, mães, ao procurardes formar em vossos filhos hábitos corretos. Mas deveis começar cedo o processo disciplinante, pois no futuro vossa obra será muito difícil. Ensinai-os regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui, um pouco ali. Conservai na mente que vossos filhos pertencem a Deus e devem tornar-se Seus filhos e filhas. E propósito Seu que as famílias da Terra sejam exemplos da família do Céu. -- The Review and Herald, 5 de Dezembro de 1890. Hábitos raro se mudam MCP2 599 4 Atos repetidos em dado sentido tornam-se hábitos. Estes podem ser modificados por uma educação severa, na vida posterior, mas raras vezes são mudados. Uma vez formados, tornam-se os hábitos cada vez mais firmemente arraigados no caráter. -- Good Health, Janeiro 1880; Orientação da Criança, 199, 200. Atacar hábitos errôneos pouco adianta MCP2 599 5 De pouca utilidade é procurar reformar outros atacando o que podemos considerar maus hábitos. Tais esforços dão muitas vezes em resultado mais dano do que bem. MCP2 600 1 Em Sua conversa com a samaritana, em lugar de desmerecer o poço de Jacó, Cristo apresentou alguma coisa melhor. "Se tu conheceras o dom de Deus", disse Ele, "e quem é o que te diz -- dá-me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva." João 4:10. Desviou a conversa para o tesouro que tinha a dar, oferecendo à mulher alguma coisa melhor do que ela possuía, a própria água viva, a alegria e a esperança do evangelho. -- A Ciência do Bom Viver, 156, 157 (1905). O esforço de reformar-se provém do desejo de proceder corretamente MCP2 600 2 É verdade que os homens às vezes se envergonham de seus caminhos pecaminosos e renunciam a alguns de seus maus hábitos, antes de estar conscientes de que estão sendo atraídos a Cristo. Quando quer, porém, que façam um esforço para reformar-se, movidos do desejo sincero de proceder bem, é sempre o poder de Cristo que os está atraindo. Uma influência para eles desconhecida lhes opera na alma, despertando-lhes a consciência, e sua vida exterior emenda-se. E quando Cristo os atrai, levando-os a olhar à Sua cruz, para contemplar Aquele que os seus pecados ali cravaram, o mandamento desperta na consciência. É-lhe revelada a pecaminosidade de sua vida, o pecado que se acha arraigado em sua alma. Começam a compreender alguma coisa da justiça de Cristo, e exclamam: "Que é o pecado, que devesse exigir tão grande sacrifício pela redenção de sua vítima? Acaso se fez preciso todo esse amor, todo esse sofrimento, toda essa humilhação, para que não perecêssemos mas tivéssemos vida eterna?" -- Conflict and Courage, 27. Os maus hábitos devem ser vencidos MCP2 600 3 Pela contemplação como num espelho da glória do Senhor, devemos realmente ser transformados na mesma imagem, de glória em glória, como pelo Espírito do Senhor. Nós esperamos demasiado pouco, e recebemos de acordo com a nossa fé. Não devemos apegar-nos aos nossos próprios caminhos, nossos próprios planos, nossas próprias idéias; devemos ser transformados pela renovação de nossa mente, para que experimentemos "qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Os pecados que nos assediam devem ser vencidos, e assim nossos maus hábitos. Disposições e sentimentos errados devem ser desarraigados, e pelo Espírito de Deus gerados santo temperamento e emoções. -- Carta 57, 1887. MCP2 601 1 Os hábitos maus, quando encontram oposição, oferecem a mais vigorosa resistência; mas se a luta é mantida com energia e perseverança, eles podem ser vencidos. -- Testimonies for the Church 4:655 (1881). A graça de Cristo rompe a escravidão dos maus hábitos MCP2 601 2 Os homens precisam saber que as bênçãos da obediência, em sua plenitude, eles só podem fruir à medida que receberem a graça de Cristo. É Sua graça que dá ao homem poder para obedecer às leis de Deus. É isto que o habilita a quebrar as cadeias do mau hábito. Este é o único poder que o pode tornar e conservar firme no caminho do direito. -- A Ciência do Bom Viver, 115 (1905). MCP2 601 3 Mediante o poder de Cristo homens e mulheres têm quebrado a cadeia do hábito pecaminoso. Têm renunciado ao egoísmo. O profano tem-se tornado reverente; o bêbado, sóbrio; o pervertido, puro. Almas que tinham estampada em si a semelhança de Satanás, têm-se transformado à imagem de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 476 (1911). Pensamentos e ações corretos podem tornar-se habituais MCP2 601 4 É nos bons pensamentos que reside a única segurança para cada alma. O homem, "como imaginou na sua alma, assim é". Provérbios 23:7. A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a princípio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1905). ------------------------Capítulo 65 -- Indolência Obrigação de aperfeiçoar o caráter ao máximo MCP2 602 1 Deus requer o cultivo das faculdades mentais. É Seu desígnio que Seus servos possuam mais inteligência e mais claro discernimento que os mundanos, e Se desagrada dos que são muito descuidados ou muito indolentes para se tornarem obreiros eficientes e bem preparados. O Senhor nos manda amá-Lo de todo o coração, de toda a alma, de toda a força, e de todo o entendimento. Isto nos impõe a obrigação de desenvolver o intelecto até a mais plena capacidade, para que com todo o entendimento conheçamos e amemos nosso Criador. -- Parábolas de Jesus, 333 (1900). O homem encontra a felicidade no trabalho MCP2 602 2 Adão tinha temas para contemplação, nas obras de Deus no Éden, que era o Céu em miniatura. Deus não formou o homem meramente para que contemplasse Suas gloriosas obras; por isso, deu-lhe mãos para o trabalho, assim como coração e mente, para contemplação. Se a felicidade do homem consistisse em não fazer coisa alguma, o Criador não teria destinado trabalho para Adão; o homem devia encontrar a felicidade no trabalho, assim como na meditação. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874; The S.D.A. Bible Commentary 1:1082. Ociosidade, a maior maldição MCP2 603 1 A Bíblia não apóia a ociosidade, que é a maior maldição que aflige nosso mundo. -- Parábolas de Jesus, 343 (1900). Cumprir animosamente as tarefas diárias MCP2 603 2 Riquezas e ociosidade são por alguns consideradas verdadeiras bênçãos; mas os que estão sempre ocupados e que animosamente cumprem suas tarefas diárias, são os mais felizes e gozam a melhor saúde. O sadio cansaço que provém do trabalho bem regulado, assegura-lhes os benefícios de um sono refrigerante. A sentença de que o homem devia trabalhar para ganhar seu pão de cada dia e a promessa da futura felicidade e glória -- ambos provieram do mesmo trono, e ambos são bênçãos. -- The Youth's Instructor, 5 de Dezembro de 1901; Minha Consagração Hoje, 166. Felicidade no cumprimento de deveres designados MCP2 603 3 Verdadeira felicidade só se encontra em ser bom e fazer o bem. O mais puro e elevado gozo vem aos que fielmente cumprem os deveres que lhes cabem. -- The Youth's Instructor, 5 de Dezembro de 1901; Minha Consagração Hoje, 166. A inatividade pode levar ao desânimo MCP2 603 4 Sensação de desânimo é freqüentemente resultado de indevida inatividade. A ociosidade dá tempo para cismar sobre tristezas imaginárias. Muitos que não têm reais provações ou dificuldades atualmente, cuidam em tomá-las emprestadas do futuro. Se essas pessoas procurassem aliviar as cargas de outros, esquecer-se-iam das próprias. O trabalho enérgico, que chamasse à ação tanto as faculdades mentais como as físicas, demonstrar-se-ia uma inestimável bênção à mente e ao corpo. -- The Signs of the Times, 15 de Maio de 1882. Aperfeiçoando o caráter MCP2 603 5 Lembrai-vos de que em qualquer posição em que servirdes estais revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for vosso trabalho, fazei-o com exatidão, com diligência; vencei a inclinação de procurar uma ocupação fácil. -- A Ciência do Bom Viver, 499 (1905). A mente deve ser educada a não olhar ao próprio eu MCP2 604 1 A mente deve ser ensinada a olhar fora do próprio eu, a demorar-se em temas elevados, enobrecedores. Não sejam as preciosas horas da vida desperdiçadas em sonhos de alguma grande obra por ser executada no futuro, enquanto se negligenciam os pequenos deveres do presente. -- The Signs of the Times, 15 de Junho de 1882. A inatividade é prejudicial à saúde MCP2 604 2 Os inválidos não devem permitir-se cair num estado de inação. Isto é muito prejudicial à saúde. O poder da vontade tem de fazer-se valer; a aversão ao exercício ativo e o temor de toda responsabilidade têm de ser vencidos. Jamais poderão reaver a saúde a menos que sacudam de si esse estado mental devaneador e apático e despertem para a ação. -- The Signs of the Times, 15 de Junho de 1882. Demasiado indolentes para ativar as faculdades MCP2 604 3 Os que são demasiado indolentes para cumprir as responsabilidades e exercitar suas faculdades, deixarão de receber a bênção de Deus, e a capacidade que tinham ser-lhes-á tirada e dada aos obreiros ativos, zelosos, que pelo uso aumentam seus talentos constantemente. -- Testimonies for the Church 4:458, 459 (1880). Trabalho bem regulado, essencial ao êxito MCP2 604 4 Alguns moços pensam que se pudessem passar a vida sem fazer nada, seriam supremamente felizes. ... Cultivam ódio ao trabalho útil. Invejam os filhos do prazer que votam a vida ao divertimento e à ruidosa alegria. ... Infelicidade e dores de cabeça são o resultado de tais pensamentos e conduta. Nada-que-fazer tem imergido muito rapaz na perdição. MCP2 604 5 Trabalho bem regulado é essencial ao êxito de cada jovem. Deus não poderia haver infligido maior maldição aos homens e mulheres, do que condená-los a viver uma vida de inação. A ociosidade destruirá a alma e o corpo. O coração, o caráter moral e as energias físicas são enfraquecidos. Sofre o intelecto, e o coração é aberto a tentações como um caminho franqueado para cair em todo vício. O homem indolente tenta o diabo a tentá-lo a ele. -- Manuscrito 2, 1871; Nossa Alta Vocação, 220. Estragos dos hábitos de indolência (conselho aos pais) MCP2 605 1 Tendes sido cegos ao poder que o inimigo teve sobre vossos filhos. Trabalhos caseiros, mesmo a ponto de se cansarem, não lhes teria feito a quinta parte do mal que os hábitos indolentes têm causado. Teriam escapado a muitos perigos, se tivessem sido mais cedo instruídos a ocupar o tempo com trabalho útil. Não teriam contraído disposição tão desassossegada, esse desejo de mudança e de participar da sociedade. Teriam escapado a muitas tentações à vaidade e à participação em diversões inaproveitáveis, leitura barata, conversas ociosas e outras tolices. Seu tempo teria sido passado mais de molde a satisfazê-los, e sem tão grande tentação de buscar a sociedade do sexo oposto e a desculpar-se do caminho mau. Vaidade e afetação, inutilidade e positivo pecado, têm resultado dessa indolência. -- Testimonies for the Church 4:97, 98 (1876). Forçar cada músculo MCP2 605 2 Ao homem é designada uma parte, nesta grande luta pela vida eterna; tem ele que atender à operação do Espírito Santo. Exigirá uma luta romper com os poderes das trevas, e o Espírito atua nele, para isso conseguir. Mas homem algum é um ser passivo, a ser salvo na indolência. É ele chamado a forçar cada músculo e exercitar cada faculdade na luta pela imortalidade; entretanto, é Deus quem supre a eficiência. MCP2 605 3 Nenhum ser humano pode salvar-se na indolência. O Senhor nos ordena: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão." Lucas 13:24. "Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela, porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." Mateus 7:13, 14. -- Manuscrito 16, 1896. ------------------------Capítulo 66 -- Necessidades emocionais Razão da existência MCP2 606 1 A lei de Deus é a lei do amor. Ele vos circundou de beleza a fim de ensinar-vos que não fostes colocados na Terra apenas para labutar pelo próprio eu, cavar e construir, mourejar e correr, mas tornar a vida humana luminosa e feliz e bela com o amor de Cristo -- para, com as flores, alegrar a vida dos outros mediante o ministério do amor. -- O Maior Discurso de Cristo, 97 (1896). O amor satisfaz a necessidade interior MCP2 606 2 O amor precisa ser o móvel de ação. O amor é o princípio básico do governo de Deus no Céu e na Terra, e deve ser o fundamento do caráter cristão. Isto, unicamente, pode torná-lo e guardá-lo inabalável; habilitá-lo a resistir às provas e tentações. -- Parábolas de Jesus, 49 (1900). Cultivar o amor MCP2 606 3 O amor a Deus e amor uns pelos outros deve ser cultivado, pois é tão precioso como o ouro. Precisamos agora representar da melhor das maneiras possíveis a espécie de religião pura e incontaminada que, tanto em sua natureza como em seus requisitos, é o oposto do egoísmo. O amor, tal qual Cristo exemplificou, é incomparável; seu valor está acima do ouro ou prata, ou de pedras preciosas. O amor que Cristo possuiu deve ser motivo de orações e de busca. O cristão que o possui tem um caráter acima de todas as fraquezas humanas. -- Carta 335, 1905. Todos precisam do amor MCP2 607 1 A razão de haver no mundo tantos homens e mulheres de coração duro está em que a verdadeira afeição tem sido considerada fraqueza, e tem sido desaconselhada e reprimida. A parte melhor da natureza das pessoas dessa classe foi pervertida e atrofiada na infância, e a menos que os raios de luz divina possam fundir sua frieza e coração duro e egoísta, a felicidade dessas pessoas jaz sepultada para sempre. Se quisermos ter coração terno, como Jesus demonstrou quando na Terra, e santificada comiseração, como os anjos têm para com os mortais pecadores, temos de cultivar a comiseração que têm as crianças, que são a simplicidade em pessoa. -- Testimonies for the Church 3:539 (1875). O coração, fonte de amor MCP2 607 2 Nem o irmão nem a irmã K têm experiência em fazer sacrifícios em favor da verdade, em ser ricos de boas obras, juntando tesouro no Céu. Sua compaixão, cuidado e paciência não foram postos em exercício por crianças dependentes, amorosas. Consultaram suas próprias egoístas conveniências. Seu coração não tem sido uma fonte a expedir as vivas correntes de ternura e afeição. Em ser uma bênção aos outros, por meio de bondosas palavras de amor e atos de misericórdia e benevolência, teriam eles mesmos experimentado uma bênção. Têm sido demasiado estreitos em sua esfera de utilidade. -- Testimonies for the Church 2:649, 650 (1871). O amor do próprio eu destrói a paz MCP2 607 3 É o amor do próprio eu que destrói a paz. Enquanto o eu está bem vivo, estamos continuamente prontos a preservá-lo de mortificação e insulto; mas, se estamos mortos, e nossa vida escondida com Cristo em Deus, não levaremos a sério as desatenções e indiferenças. Seremos surdos às censuras, e cegos à zombaria e ao insulto. "A caridade [amor] é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha." 1 Coríntios 13:4-8. -- O Maior Discurso de Cristo, 16 (1896). A segurança, baseada no reto pensar MCP2 608 1 Necessitamos de ter um constante sentimento do poder enobrecedor dos pensamentos puros. É nos bons pensamentos que reside a única segurança para toda alma. O homem "como imaginou na sua alma, assim é". Provérbios 23:7. A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a princípio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos podemos afastar-nos de tudo que é baixo e inferior, e elevar-nos para uma alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1905). A falta de afeição deprava MCP2 608 2 O Senhor apresentou a Israel os resultados de entreterem comunicação com os espíritos maus, nas abominações dos cananeus: eles eram sem afeição natural, idólatras, adúlteros, homicidas e abomináveis por todo o pensamento corrupto e prática revoltante. -- Patriarcas e Profetas, 688 (1890). O fruto da maldade é a morte MCP2 608 3 O espírito de ódio e de vingança originou-se com Satanás; e isto o levou a fazer matar o Filho de Deus. Quem quer que acaricie a malícia ou a falta de bondade, está nutrindo o mesmo espírito; e seus frutos são para a morte. No pensamento de vingança jaz encoberta a má ação, da mesma maneira que a árvore está na semente. "Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna." 1 João 3:15. -- O Maior Discurso de Cristo, 56 (1896). Necessidade de associação MCP2 609 1 Muitos poderiam ser guardados de influências pecaminosas se se rodeassem de boa companhia e lhes fossem dirigidas palavras de bondade e amor. -- Testimonies for the Church 4:364 (1879). É natural buscar companhia MCP2 609 2 É natural buscar companheirismo. Todos encontrarão companheiros ou os farão. E exatamente na medida da força da amizade, será o grau de influência exercida pelos amigos uns nos outros, para bem ou para mal. Todos terão amigos, e influenciarão e serão influenciados. MCP2 609 3 Misterioso é o laço que liga entre si os corações humanos, de modo que os gostos, os sentimentos e os princípios das duas pessoas ficam intimamente associados. Um apanha o espírito e copia as maneiras e as ações do outro. Como a cera toma a forma do sinete, assim a mente recebe a impressão produzida pelo intercâmbio e o convívio. Talvez a influência seja inconsciente, todavia não será menos poderosa. -- Testimonies for the Church 4:587 (1881); Testemunhos Selectos 1:585. O homem formado para companhia MCP2 609 4 O Senhor formou o homem para ter companhia, e é Seu desígnio que sejamos imbuídos da mesma bondosa e amável natureza de Cristo e, pela associação, sejamos ligados uns aos outros, em íntimo relacionamento, como filhos de Deus, trabalhando para o tempo e a eternidade. -- Carta 26a, 1889; Medicina e Salvação, 48, 49. O orgulho destrói o companheirismo MCP2 609 5 Viam [os inimigos de Cristo] que a majestade, a pureza e beleza da verdade, com sua profunda e branda influência, estavam tomando posse de muitos espíritos. ... Ele estava derribando a parede divisória que tão lisonjeira era ao seu orgulho e exclusivismo; e temiam, que, caso isso fosse permitido, deles afastasse inteiramente o povo. Seguiam-nO, portanto, com decidida hostilidade, esperando encontrar ocasião para fazê-Lo cair no desagrado das multidões, habilitando assim o Sinédrio a conseguir Sua condenação à morte. -- O Maior Discurso de Cristo, 47 (1896). Companhia e caráter MCP2 610 1 Com razão se tem dito: "Dize-me com quem andas, e te direi quem és." O jovem deixa de compreender quão afetados são ao mesmo tempo seu caráter e sua reputação, pela escolha que faz de companheiros. A pessoa busca a companhia daqueles cujos gostos, hábitos e modos de proceder, têm afinidades com os seus. MCP2 610 2 Os que preferem a sociedade dos ignorantes e viciosos à dos sábios e bons, mostram ser defeituoso seu próprio caráter. Seus gostos e hábitos podem a princípio ser inteiramente diversos dos hábitos e gostos daqueles cuja companhia procuram; à medida, porém, que se misturam com essa classe, seus pensamentos e sentimentos mudam; sacrificam os princípios retos e, insensivelmente, mas de maneira inevitável, descem ao nível dos companheiros. Como uma corrente participa sempre das propriedades do solo através do qual corre, do mesmo modo os princípios e hábitos dos jovens se mancham invariavelmente com o caráter dos companheiros com que se imiscuem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 221 (1913), [no inglês]. Um relacionamento que todos devem manter MCP2 610 3 Deus nos uniu como membros de uma família, e este relacionamento todos são obrigados a manter. Há serviços que devemos aos outros e que não podemos passar por alto e ao mesmo tempo guardar os mandamentos. Viver, pensar e agir só em benefício próprio é tornar-se inútil como servo de Deus. Títulos sonoros e grandes talentos não são necessários para sermos bons cidadãos e cristãos exemplares. -- Testimonies for the Church 4:339, 340 (1879). Laço de união MCP2 610 4 O laço terrestre mais terno é o que existe entre mãe e filho. Este é mais de pronto impressionado pela vida e exemplo da mãe do que pelos do pai, pois une-os um laço mais forte e terno. As mães têm pesada responsabilidade. Feliz eu me sentiria se pudesse impressioná-las com a obra que elas podem fazer em moldar a mente dos filhos. -- Testimonies for the Church 2:536 (1870). Cristo, o maior amigo MCP2 611 1 Grande importância é ligada a nossas associações. Podemos formar muitas que são agradáveis e ajudam, mas nenhuma é tão preciosa como essa pela qual o homem finito é levado em comunhão com o infinito Deus. Quando assim unidos, as palavras de Cristo permanecem em nós. ... O resultado será um coração purificado, uma vida circunspecta e um caráter sem defeito. Mas é tão-somente conhecendo a Cristo e a Ele nos associando, que nos podemos tornar semelhantes a Ele, o único Exemplo Irrepreensível. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1885; Minha Consagração Hoje, 190. Conforto para a mente, paz para a alma MCP2 611 2 O médico que pode provar-se digno de ser colocado como médico principal numa casa de saúde fará uma grande obra. Mas sua obra em linhas religiosas deve ser de tal natureza que o divino antídoto para alívio das almas carregadas de pecados seja apresentado aos pacientes. Todo médico deve compreender que esse trabalho deve ser efetuado com ternura e prudência. Em nossas instituições em que são internados pacientes para tratamento, as confortantes palavras de verdade pronunciadas aos enfermos muitas vezes serão o meio para acalmar a mente e restaurar a paz à alma. -- Carta 20, 1902; Medicina e Salvação, 189. Dom de Deus MCP2 611 3 Todo bom impulso ou aspiração é um dom de Deus; a fé recebe de Deus aquela vida, que somente, pode produzir o verdadeiro crescimento e eficiência. -- Educação, 253 (1903). A satisfação íntima do reto proceder MCP2 611 4 A abnegação, que é o princípio do reino de Deus, é o princípio que Satanás odeia; ele nega até a existência do mesmo. Desde o início do grande conflito tem-se ele esforçado por provar que os princípios pelos quais Deus age são egoístas, e da mesma maneira ele considera a todos os que servem a Deus. A obra de Cristo e a todos os que adotam o Seu nome, tem por fim refutar esta pretensão de Satanás. MCP2 611 5 Foi para dar com Sua própria vida um exemplo de abnegação, que Jesus veio em forma de humanidade. Todos os que aceitam este princípio devem ser obreiros juntamente com Ele e demonstrar na vida prática esse princípio. Escolher o que é reto porque é reto, estar pela verdade ainda que isto importe no sofrimento e sacrifício -- "esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça que vem de Mim, diz o Senhor". Isaías 54:17. -- Educação, 154, 155 (1903). Quanto a confiança e cooperação, o mundo está em dívida com a lei de Deus MCP2 612 1 Tudo que contribui para que a confiança e a cooperação sejam possíveis, deve o mundo à lei de Deus, conforme se acha em Sua Palavra e ainda se encontra delineada, em traços muitas vezes obscuros, no coração dos homens. -- Educação, 137 (1903). Êxito vivo, ou dinheiro MCP2 612 2 Ao colocar-nos na justa relação para com Deus, teremos êxito onde quer que formos; e é êxito o que queremos, não dinheiro -- êxito vivo, e Deus no-lo dará porque sabe tudo a respeito de nossa abnegação. Conhece todo sacrifício que fazemos. Talvez penseis que vossa abnegação não faz nenhuma diferença, que deveis receber mais consideração e assim por diante. Faz, porém, grande diferença para com o Senhor. MCP2 612 3 Tem-me sido repetidamente mostrado que quando as pessoas começam a procurar vencimentos mais e mais altos, penetra-lhes na vida cristã algo que as coloca em posição em que não mais se encontram em terreno vantajoso. Mas quando recebem o ganho que traz o cunho de seu sacrifício, Deus lhes vê a abnegação e dá-lhes êxito e vitória. Isto me tem sido apresentado repetidamente. O Senhor, que vê em oculto, recompensará publicamente todo sacrifício que seus provados servos têm estado dispostos a fazer. -- Manuscrito 12, 1913; Mensagens Escolhidas 2:179, 180. Segurança não em riquezas MCP2 612 4 Muitos pensam encontrar segurança nas riquezas terrenas. Mas Cristo procura remover-lhes dos olhos o argueiro que lhes empana a visão, habilitando-os assim a ver o inexcedível e eterno peso de glória. Eles tomam fantasmas por realidades e perdem de vista as glórias do mundo eterno. Cristo os convida a estender o olhar para além do presente, e acrescentar eternidade a sua visão. -- Carta 264, 1903; Filhos e Filhas de Deus, 247. Confiança em Deus é verdadeira segurança MCP2 613 1 Satanás está bem ciente de que a mais débil alma que permaneça em Cristo é mais que suficiente para competir com as hostes das trevas, e que, caso ele se revelasse abertamente, seria enfrentado e vencido. Portanto, procura retirar das suas potentes fortificações os soldados da cruz, enquanto jaz de emboscada com as suas forças, pronto para destruir todos os que se arriscam a penetrar em seu terreno. Unicamente com humilde confiança em Deus, e obediência a todos os Seus mandamentos, poderemos achar-nos seguros. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 530 (1888). Deus oferece segurança MCP2 613 2 Deus deseja que escolhamos o celestial em vez do terreno. Abre-nos as possibilidades de uma inversão celeste. Deseja prover encorajamento para nossas mais elevadas aspirações e segurança para nosso mais dileto tesouro. Declara: "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir." Isaías 13:12. Quando forem consumidas as riquezas que a traça devora e a ferrugem corrói, os seguidores de Cristo poderão rejubilar-se em seu tesouro celeste, em suas riquezas imperecíveis. -- Parábolas de Jesus, 374 (1900). A santificadora influência da verdade MCP2 613 3 A única segurança para qualquer alma está em pensar corretamente. Devemos usar cada um dos meios que Deus colocou ao nosso alcance para o governo e cultivo de nossos pensamentos. Temos de pôr a mente em harmonia com o Seu pensar. Sua verdade nos santificará corpo, alma e espírito, e seremos habilitados a erguer-nos acima da tentação. As palavras que proferimos serão palavras sábias. -- Carta 123, 1904. A verdade aplicada, melhora a saúde MCP2 614 1 Quando homens que condescenderam com hábitos errôneos e práticas pecaminosas se rendem ao poder da verdade divina, a aplicação dessa verdade ao coração reaviva as faculdades morais que pareciam haver sido paralisadas. O recebedor possui compreensão mais clara, mas vigorosa que anteriormente ao haver ele firmado a alma à Rocha eterna. Mesmo sua saúde física melhora ao sentir sua segurança em Cristo. A bênção especial de Deus a repousar sobre o recebedor é, em si mesma, saúde e força. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 13 (1890); Temperança, 108. Alívio do sentimento de culpa MCP2 614 2 O paralítico encontrou em Cristo tanto a cura da alma como a do corpo. Ele necessitava saúde da alma antes de poder apreciar a do corpo. Antes de poder ser curada a enfermidade física, Cristo precisava dar alívio à mente, e purificar do pecado a alma. Esta lição não deve ser passada por alto. Existem hoje milhares de pessoas a sofrer de moléstias físicas, as quais, como o paralítico, estão ansiando a mensagem: "Perdoados te são os teu pecados." O fardo do pecado, com seu desassossego e desejos não satisfeitos, é o fundamento de sua doença. Não podem encontrar alívio enquanto não forem ter com o Médico da alma. A paz que tão-somente Ele pode comunicar, restituiria vigor à mente e saúde ao corpo. -- A Ciência do Bom Viver, 77 (1905). Forças para o vosso dia MCP2 614 3 Anjos, que farão por vós o que não poderíeis efetuar por vós mesmos, aguardam-vos a cooperação. Esperam que correspondais à atração de Cristo sobre vós. Aproximai-vos de Deus e uns dos outros. Pelo desejo, pela oração silenciosa, pela resistência às influências satânicas, ponde a vossa vontade ao lado da vontade de Deus. Enquanto tiverdes um só desejo de resistir ao diabo, e orardes sinceramente: Livra-me de cair em tentação, tereis resistência para o dia. MCP2 614 4 É a obra dos anjos celestes aproximarem-se bem dos tentados, dos provados, dos sofredores. Eles trabalham longa e infatigavelmente para salvar as almas por quem Cristo morreu. -- The Review and Herald, 4 de Julho de 1899; Filhos e Filhas de Deus, 36. ------------------------Capítulo 67 -- Disposição Disposições várias MCP2 615 1 Em nossas relações sociais uns com os outros, devemos lembrar-nos de que nem todos possuímos os mesmos talentos, nem temos a mesma disposição. Os obreiros têm planos e idéias diferentes. Diferentes dons, combinados, são necessários para o bom êxito da obra. Lembremo-nos de que alguns podem ocupar certos cargos com melhor resultado do que outros. O obreiro a quem se deu tato e habilidade que o capacitam para o desempenho de algum ramo especial da obra, não deve condenar os outros por não terem capacidade de fazer o que ele, talvez, pode fazer com facilidade. Não haverá coisas que seus coobreiros possam fazer muito melhor do que ele? -- Carta 116, 1903; Evangelismo, 103. Disposição diferente, diferente perspectiva MCP2 615 2 Todas as relações sociais exigem o exercício do domínio próprio, paciência e simpatia. Diferimos tanto uns dos outros em disposições, hábitos e educação, que variam entre si nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diferentemente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias em relação à conduta de vida, não são idênticas sob todos os pontos de vista. Não há duas pessoas cuja experiência seja igual em cada particular. As provas de uma não são provas de outra. Os deveres que para uma se apresentam como leves, são para outra mais difíceis e inquietantes. -- A Ciência do Bom Viver, 483 (1905). Diversidade de disposições na família MCP2 616 1 Freqüentemente existe na mesma família, acentuada diversão de disposição e de caráter, pois está no plano de Deus que pessoas de temperamento variado se associem umas às outras. Quando assim se dá, todo o membro da família deve considerar sagradamente os sentimentos e respeitar o direito dos outros. Dessa maneira será cultivada a consideração mútua e a paciência, os preconceitos serão abrandados e aplainadas as arestas do caráter. Pode-se alcançar harmonia, e a fusão dos vários temperamentos pode ser um benefício para cada um. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886; Orientação da Criança, 205. Os pais transmitem a disposição MCP2 616 2 E os pais, bem como as mães, acham-se incluídos nesta responsabilidade. Pai e mãe transmitem aos filhos seus característicos, mentais e físicos, e suas disposições e apetites. -- Patriarcas e Profetas, 561 (1890). Disposição herdada MCP2 616 3 Deus quer que nos ajudemos uns aos outros por uma manifestação de simpatia e abnegado amor. Há os que herdaram temperamento e disposição peculiares. Podem ser de trato difícil, mas somos nós irrepreensíveis? Não os devemos desanimar. Seus erros não se devem tornar propriedade comum. Cristo tem pena dos que erram no julgamento e os ajuda. Ele sofreu a morte por todos os homens, e por isso tem tocante e profundo interesse em cada homem. -- Testimonies for the Church 9:222 (1909). Mudança para uma disposição agradável MCP2 616 4 "Vigiai e orai" é uma recomendação muitas vezes repetida nas Escrituras. Na vida dos que obedecem a essa recomendação, haverá uma subterrânea corrente de felicidade que beneficiará a todos com quem eles chegam em contato. Os que são de disposição áspera e impertinente, tornar-se-ão suaves e brandos; os que são orgulhosos, tornar-se-ão mansos e humildes. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 293 (1913), [no inglês]. A regularidade e ordem melhoram a disposição MCP2 616 5 Se os jovens formassem o hábito de regularidade e ordem, melhorariam a saúde, o espírito, a memória e a disposição. -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897; Orientação da Criança, 112. As disposições podem ser modificadas MCP2 617 1 É em misericórdia que o Senhor revela aos homens seus defeitos ocultos. Ele deseja que examinem criticamente as complicadas emoções e motivos de seu coração e detectem o que está errado, modifiquem sua disposição e refinem suas maneiras. Deus deseja que Seus servos se familiarizem com o próprio coração. A fim de lhes levar um conhecimento verdadeiro de sua condição, permite Ele que os fogos da aflição os assaltem para que sejam purificados. -- The Review and Herald, 10 de Abril de 1894; Minha Consagração Hoje, 92. Disposição morosa prejudica a eficiência do professor MCP2 617 2 Acima de tudo o mais, o encarregado da educação dos jovens deve cuidar em não condescender com uma disposição morosa ou sombria; pois isso o excluiria da simpatia dos estudantes, e sem essa simpatia ele não pode esperar beneficiá-los. Não devemos obscurecer nossa própria vereda ou a de outros com a sombra de nossas provas. Temos um Salvador ao qual nos dirigir, a cujos misericordiosos ouvidos podemos desabafar toda e qualquer queixa. Com Ele podemos deixar todos os cuidados e cargas, e então nosso trabalho não nos parecerá árduo nem severas as nossas provações. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 233 (1913), [no inglês]. Combinar a disposição alegre com a integridade MCP2 617 3 A religião de Jesus abranda tudo que seja duro e áspero no temperamento, e alisa tudo que seja rugoso e agudo nas maneiras. Torna gentis as palavras e o comportamento cativante. Aprendamos de Cristo como combinar um alto senso de pureza com uma disposição ensolarada. O cristão bondoso, cortês é o mais poderoso argumento que se possa apresentar em favor do cristianismo. -- Gospel Workers, 122 (1915). Alimentação imprópria estraga a disposição MCP2 617 4 Muitos defraudam sua disposição pelo comer impróprio. Devemos ser tão cuidadosos em aprender as lições da reforma da saúde como o somos em ter nossos estudos devidamente preparados, pois os hábitos que adotamos nesta direção ajudam a formar nosso caráter para a vida futura. É possível a alguém danificar a vida pelo uso mórbido do estômago. -- Carta 274, 1908; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 126. Alimentos cárneos produzem disposição irritadiça MCP2 618 1 Deus não reteve carne dos hebreus no deserto simplesmente para mostrar Sua autoridade, mas para benefício deles, para que conservassem a resistência física e moral. Sabia que o uso de alimento animal fortalece as paixões animais e enfraquece o intelecto. Ele sabia que a satisfação do apetite dos hebreus para alimentos cárneos, enfraquecer-lhes-ia as faculdades morais, e induziria a tão irritável disposição, que o grande exército ficaria insubordinado, que perderiam o elevado senso de suas obrigações morais, e se recusariam a ser controlados pelas sábias leis de Jeová. -- The Signs of the Times, 6 de Janeiro de 1876; Temperança, 160. O açúcar e a disposição MCP2 618 2 Açúcar não é bom para o estômago. Causa fermentação, e isto obscurece o cérebro e ocasiona mau humor. -- Manuscrito 93, 1901; Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 327. Abrandando uma disposição perversa MCP2 618 3 O progresso na vida cristã é caracterizado por maior humildade, em resultado do aumento de conhecimento. Todo aquele que é unido a Cristo se afastará de toda a iniqüidade. MCP2 618 4 Digo-vos, no temor de Deus, que me foi mostrado que muitos de vós perderão a vida eterna porque estais erguendo vossas esperanças do Céu sobre um alicerce falso. Deus vos está deixando aos cuidados próprios, "para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração". Negligenciastes as Escrituras. Desprezais e rejeitais os testemunhos porque eles reprovam vossos acariciados pecados e perturbam vossa autocomiseração. MCP2 618 5 Quando Cristo é desejado no coração, Sua semelhança será revelada na vida. Reinará a humildade onde outrora predominava o orgulho. A submissão, a mansidão e a paciência abrandarão as asperezas da disposição por natureza perversa, impetuosa. O amor a Jesus se manifestará em amor ao Seu povo. Não é intermitente, espasmódico, mas calmo, profundo e forte. MCP2 619 1 A vida do cristão será despida de toda a pretensão, livre de toda a afetação, artifício e falsidade. É fervorosa, verdadeira, sublime. Cristo fala em cada uma de suas palavras. Ele é visto em cada ação. A vida irradia a luz de um Salvador a habitar no íntimo. Em conversação com Deus e em feliz contemplação das coisas celestiais, a alma se prepara para o Céu, empenhando-se em reunir outras almas no redil de Cristo. Nosso Salvador é capaz de fazer por nós mais do que podemos pedir ou mesmo imaginar, e está disposto a fazê-lo. -- Testimonies for the Church 5:49, 50 (1882). Deus pode moldar a disposição MCP2 619 2 Seja qual for vossa disposição, Deus pode de tal modo moldá-la que será doce e semelhante à de Cristo. Por viva fé podereis separar-vos de tudo que não esteja em conformidade com a mente de Deus, e assim introduzir o Céu em vossa vida, já aqui na Terra. Fareis isso? Se o fizerdes, tereis cada passo ensolarado. -- Manuscrito 91, 1901. Uma bênção aos doentes MCP2 619 3 A disposição agradável, o caráter formoso, o Senhor usará para levar bênçãos aos doentes. As verdades da Palavra de Deus possuem um poder santificante, transformador. Recebidas no coração e introduzidas na vida, demonstrar-se-ão um cheiro de vida para vida. Sejam empregados em nossas instituições os que deixem a luz da verdade brilhar em suas palavras e ações diárias. Só esses é que Cristo pode aceitar como cooperadores com Ele. -- Manuscrito 69, 1909. Harmonia de disposições várias MCP2 619 4 A harmonia e união existente entre homens de variadas disposições é o mais forte testemunho que pode ser dado de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvar pecadores. É privilégio nosso dar esse testemunho. Mas para isto fazer, temos de colocar-nos sob as ordens de Cristo. Nosso caráter tem de ser moldado em harmonia com o Seu caráter, nossa vontade tem de ser entregue a Sua vontade. Então trabalharemos juntos, sem um pensamento de colisão. -- Testimonies for the Church 8:242, 243 (1904); Testemunhos Selectos 3:246. Disposição imbuída de gratidão e paz MCP2 620 1 De todas as coisas procuradas, cultivadas e acariciadas, nada existe tão valioso à vista de Deus como um coração puro, e uma disposição imbuída de gratidão e paz. -- Testimonies for the Church 4:559 (1881). A disposição não é mudada pela ressurreição MCP2 620 2 Se desejais ser santos no Céu, deveis sê-lo primeiro na Terra. Os traços de caráter que nutrirdes na vida não se mudarão pela morte ou pela ressurreição. Saireis do sepulcro com a mesma disposição que manifestáveis no lar e na sociedade. -- Carta 18b, 1891; O Lar Adventista, 16. ------------------------Capítulo 68 -- Relacionamento social Um ramo de educação que não deve ser negligenciado MCP2 621 1 A sociabilidade cristã é na verdade bem pouco cultivada pelo povo de Deus. Este ramo de educação não deve ser negligenciado nem perdido de vista em nossas escolas. -- Testimonies for the Church 6:172 (1900); Testemunhos Selectos 2:437. Vantagens sociais são talentos MCP2 621 2 Os que possuem grande afeição estão sob a obrigação para com Deus de empregá-la não unicamente para com os amigos, mas para com todos os que necessitam de seu auxílio. Vantagens sociais são talentos e devem ser usados para benefício de todos os que estão ao alcance de nossa influência. -- Parábolas de Jesus, 353 (1900). Não átomos independentes MCP2 621 3 Aos alunos deve ser ensinado que eles não são átomos independentes, mas que cada um é um fio que se deve unir a outros fios na composição de um tecido. Em nenhum departamento pode essa instrução ser ministrada com mais eficácia, do que na escola doméstica. Aí se acham os alunos diariamente circundados de oportunidades que, se forem aproveitadas, ajudarão grandemente no desenvolvimento dos traços de caráter a formarem. Está no poder deles próprios aproveitarem de tal maneira seu tempo e oportunidades que formem um caráter que os torne úteis e felizes. MCP2 621 4 Os que se encerram em si mesmos, que são avessos a se desdobrarem para beneficiar os outros mediante amigável convívio, perdem muitas bênçãos; pois mediante o contato mútuo os espíritos são polidos e refinados; por meio do intercâmbio social formam-se relações e amizades que dão em resultado certa unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. -- Testimonies for the Church 6:172 (1900); Testemunhos Selectos 2:437, 438. Importância dos relacionamentos sociais MCP2 622 1 É pelas relações sociais que a cristandade entra em contato com o mundo. Todo homem ou mulher que experimentou o amor de Cristo e recebeu no coração a iluminação divina é por Deus solicitado a disseminar a luz na escura vereda dos que desconhecem o caminho melhor. ... O poder social, santificado pelo Espírito de Cristo, tem de ser aproveitado na conquista de almas para o Salvador. -- Testimonies for the Church 4:555 (1881); Conselhos Sobre Saúde, 399. Os elementos sociais devem ser cultivados MCP2 622 2 É para o nosso prejuízo que nos privamos do privilégio de nos reunir uns com os outros para nos fortalecer e animar mutuamente no serviço do Senhor. As verdades de Sua Palavra perdem seu vigor e importância para o nosso espírito. O coração deixa de ser iluminado e comovido por sua santificadora influência, e declinamos na espiritualidade. Perdemos muito, em nossas relações como cristãos, devido à falta de simpatia de uns para com os outros. Aquele que se fecha consigo mesmo, não está preenchendo o lugar a que o Senhor o designou. O devido cultivo dos traços sociais de nossa natureza, leva-nos a ter simpatia pelos outros, sendo um meio de nos desenvolver e tornar mais fortes para o serviço de Deus. -- Conflict and Courage, 101 (1892). Jesus era altamente sociável MCP2 622 3 Toda a vida do Salvador caracterizou-se pela desinteressada beneficência e a beleza da santidade. É Ele nosso modelo de bondade. Desde o princípio de Seu ministério, começaram os homens a compreender mais claramente o caráter de Deus. Ele realizava na própria vida o que ensinava. Manifestava coerência sem obstinação, benevolência sem fraqueza, ternura e compassividade sem sentimentalismo. Era altamente sociável, possuía no entanto uma reserva que desanimava qualquer familiaridade. Sua temperança nunca descambava para o fanatismo ou a austeridade. Não Se conformava com o mundo, e todavia estava atento às necessidades dos mínimos entre os homens. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 262 (1913), [no inglês]. Bondade social e dignidade humana MCP2 623 1 À mesa dos publicanos Ele Se sentava como hóspede de honra, mostrando por Sua simpatia e beneficência social que reconhecia a dignidade humana; e os homens anelavam tornar-se dignos de Sua confiança. Sobre seu coração sedento, as palavras dEle caíam com bendito poder vivificante. Novos impulsos eram despertados, e abria-se para esses párias da sociedade e possibilidade de vida nova. -- A Ciência do Bom Viver, 26 (1905). Os discípulos ensinavam os verdadeiros deveres sociais MCP2 623 2 Cristo ensinava aos discípulos como comportar-se quando em companhia de outros. Instruiu-os acerca dos deveres e regulamentos da verdadeira vida social, os quais são os mesmos que as leis do reino de Deus. Ensinou aos discípulos, pelo exemplo, que quando assistissem a qualquer reunião pública, não lhes faltaria algo que falar. Sua conversação quando num banquete, diferia muito decididamente daquilo que se ouvira em banquetes no passado. Cada palavra que proferia, era um cheiro de vida para vida. Falava com clareza e simplicidade. Suas palavras eram quais maçãs de ouro em salvas de prata. -- The Review and Herald, 2 de Outubro de 1900; Minha Consagração Hoje, 190. Não renunciar à comunhão social MCP2 623 3 O exemplo de Cristo, de ligar-Se aos interesses da humanidade, deve ser seguido por todos quantos pregam Sua palavra, e todos quantos receberam o evangelho de Sua graça. Não devemos renunciar à comunhão social. Não nos devemos retirar dos outros. A fim de atingir todas as classes, precisamos ir ter com elas. Raramente nos virão procurar de moto próprio. Não somente do púlpito é tocado o coração dos homens pela verdade divina. Outro campo de labor existe, mais humilde, talvez, mas igualmente promissor. Encontra-se no lar do humilde, e na mansão do grande; na mesa hospitaleira, e em reuniões de inocente entretenimento. -- O Desejado de Todas as Nações, 152 (1898). Necessidade de boas relações MCP2 624 1 A privação sentida quando pessoas se ausentam das reuniões do povo de Deus não é pequena. Como filhos de Deus devemos tomar lugar em todas as assembléias de Deus, onde Seu povo é comissionado a estar presente, e transmitir a palavra de vida. Todos precisam de luz, e todo auxílio que possa ser obtido a fim de que, quando tiverem ouvido e recebido a preciosa mensagem do Céu, através dos agentes designados por Deus, estejam preparados para comunicar aos outros a luz concedida. -- Carta 117, 1896. A educação molda a estrutura social MCP2 624 2 A educação ministrada aos jovens molda toda a estrutura social. Através do mundo, a sociedade está em desordem, e necessitada de uma transformação completa. Supõem muitos que melhores aparelhamentos para educação, maior habilidade, e métodos mais modernos ajustarão as coisas. Professam crer e receber os vivos oráculos e todavia dão à Palavra de Deus uma posição inferior na grande estrutura da educação. Aquilo que devia estar em primeiro lugar, faz-se subordinado a invenções humanas. -- Testimonies for the Church 6:150 (1900); Testemunhos Selectos 2:423. Influência social no lar MCP2 624 3 A missão do lar estende-se para além do círculo de seus membros. O lar cristão deve ser uma lição prática que ponha em relevo a excelência dos princípios verdadeiros da vida. Semelhante exemplo será no mundo uma força para o bem. Muito mais poderosa que qualquer sermão pregado, é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida. Ao deixarem um lar assim, os jovens ensinarão as lições que aí aprenderam. Por essa maneira penetrarão em outros lares princípios mais nobres de vida, e uma influência regeneradora far-se-á sentir na sociedade. -- A Ciência do Bom Viver, 352 (1905). Sociabilidade, fator poderoso MCP2 625 1 A bondade e sociabilidade cristãs são fatores poderosos em granjear as afeições da juventude. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 208 [no inglês], 17 de Setembro de 1902. Prestes a ruir a estrutura da vida social MCP2 625 2 A doutrina de que os homens estão isentos da obediência aos mandamentos de Deus já tem debilitado a força da obrigação moral, abrindo sobre o mundo as comportas da iniqüidade. Ilegalidade, dissipação e corrupção nos assoberbam qual maré esmagadora. Na família Satanás está em atividade. Sua bandeira tremula, mesmo nos lares que se professam cristãos. Há invejas, suspeitas, hipocrisias, separações, emulação, contenda, traição de santos legados, satisfação das paixões. Todo o conjunto dos princípios e doutrinas religiosas, que deviam constituir o fundamento e arcabouço da vida social, assemelha-se a uma massa vacilante, prestes a ruir. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 585 (1888). Os regulamentos de Deus impedem a injustiça social MCP2 625 3 O Senhor queria pôr obstáculo ao amor desordenado à propriedade e ao poderio. Grandes males resultariam da acumulação contínua da riqueza por uma classe, e da pobreza e degradação por outra. Sem alguma restrição, o poderio dos ricos se tornaria um monopólio, e os pobres, se bem que sob todos os respeitos perfeitamente tão dignos à vista de Deus, seriam considerados e tratados como inferiores aos irmãos mais prósperos. A consciência desta opressão despertaria as paixões das classes mais pobres. MCP2 625 4 Haveria um sentimento de aflição e desespero que teria como tendência desmoralizar a sociedade e abrir as portas aos crimes de toda espécie. Os estatutos que Deus estabelecera destinavam-se a promover a igualdade social. As disposições do ano sabático e do jubileu em grande medida poriam em ordem aquilo que no intervalo anterior havia ido mal na economia social e política da nação. -- Patriarcas e Profetas, 534 (1890). Posição social para demonstrar e desenvolver o caráter MCP2 626 1 Não é plano de Deus que a pobreza desapareça do mundo. As classes sociais jamais deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições que caracteriza nossa raça é um dos meios pelos quais Deus tem pretendido provar e desenvolver o caráter. MCP2 626 2 Muitos têm insistido com grande entusiasmo em que todos os homens devem ter parte igual nas bênçãos temporais de Deus; não era este, porém, o propósito do Criador. Cristo afirmou que sempre teremos conosco os pobres. Os pobres, bem como os ricos, são comprados por Seu sangue; e, entre os Seus professos seguidores, na maioria dos casos, os primeiros O servem com singeleza de propósito, enquanto os últimos estão constantemente colocando as suas afeições nos tesouros terrenos, e Cristo é esquecido. Os cuidados desta vida e a ambição das riquezas eclipsam a glória do mundo eterno. Seria a maior desgraça que já sobreveio à humanidade se todos devessem ser colocados em posição de igualdade em posses terrenas. -- Testimonies for the Church 4:551, 552 (1881); Conselhos Sobre Saúde, 230. Deus proscreve o regime das castas sociais MCP2 626 3 A religião de Cristo eleva o que a recebe a um plano mais alto de pensamento e ação, ao mesmo tempo que apresenta toda a família humana como sendo, semelhantemente, objeto do amor de Deus, sendo comprados pelo sacrifício de Seu Filho. Vêm encontrar-se aos pés de Jesus, o rico e o pobre, o letrado e o ignorante, sem nenhuma idéia de casta ou preeminência mundana. Todas as distinções terrestres desaparecem ao contemplarmos Aquele a quem nossos pecados traspassaram. MCP2 626 4 A abnegação, a condescendência, a infinita compaixão dAquele que era tão exaltado no Céu, faz envergonhar o orgulho humano, a presunção e as castas sociais. A religião pura e imaculada manifesta seus celestiais princípios, levando à unidade todos quantos são santificados pela verdade. Todos se unem como almas compradas por sangue, igualmente dependentes dAquele que os redimiu para Deus. -- Obreiros Evangélicos, 327 (1915). Remédio para os males sociais MCP2 627 1 A esta sábia provisão para as necessidades espirituais de seus súditos [a designação de sacerdotes professores], Josafá deveu muito de sua prosperidade como governante. Na obediência à lei de Deus há grande ganho. Na conformidade aos divinos requisitos há um poder transformador que leva paz e boa vontade entre os homens. Se os ensinos da Palavra de Deus fossem feitos a influência controladora na vida de todo homem e mulher, se a mente e o coração fossem postos sob seu poder moderador, os males que agora existem na vida nacional e social não teriam lugar. De cada lar emanaria uma influência que tornaria fortes homens e mulheres no discernimento espiritual e no poder moral, e assim nações e indivíduos seriam colocados em terreno vantajoso. -- Profetas e Reis, 192 (1917). O devido cultivo das relações sociais traz felicidade MCP2 627 2 Para os que moravam distantes do tabernáculo, mais de um mês em cada ano deve ter sido ocupado com a assistência às festas anuais. Este exemplo de devoção a Deus deve dar ênfase à importância do culto religioso, e à necessidade de subordinar nossos interesses egoísticos, mundanos, aos que são espirituais e eternos. MCP2 627 3 Incorremos em perda quando negligenciamos o privilégio de nos associarmos, a fim de fortalecer-nos e encorajar-nos uns aos outros no serviço de Deus. As verdades de Sua Palavra perdem sua vivacidade e importância em nossa mente. Nosso coração deixa de iluminar-se e despertar-se pela influência santificadora, e nós decaímos em espiritualidade. Em nossas relações mútuas como cristãos, perdemos muito pela falta de simpatia de uns para com os outros. Aquele que se encerra dentro de si mesmo, não está preenchendo a posição que era desígnio de Deus ele ocupasse. Todos nós somos filhos de um mesmo Pai, dependentes uns dos outros para alcançar a felicidade. As reivindicações de Deus e da humanidade tocam a nós. É o cultivo apropriado dos elementos sociais de nossa natureza o que nos une intimamente com nossos irmãos, e nos proporciona felicidade em nossos esforços para sermos bênçãos aos outros. -- Patriarcas e Profetas, 541 (1890). Não ser governados por normas humanas MCP2 628 1 Apresento constantemente a necessidade de todo homem fazer o máximo que lhe é possível como cristão, de educar-se a si mesmo para conseguir o crescimento, a expansão mental, a nobreza de caráter que cada um tem a possibilidade de atingir. Em tudo quanto fazemos, cumpre-nos manter uns para com os outros relação cristã. Devemos empregar toda força espiritual para a realização de sábios planos, em diligente ação. Os dons de Deus devem ser usados para a salvação de almas. Nossas relações uns com os outros não devem ser regidas pelas normas humanas, mas pelo amor divino, o amor expresso no dom de Deus ao mundo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 256 (1913), [no inglês]. Aperfeiçoar as faculdades sociais para a conquista de almas MCP2 628 2 Os que provaram o amor de Cristo, em especial, devem desenvolver aptidões sociais, pois dessa maneira podem ganhar almas para o Salvador. Cristo não deve ficar oculto no coração deles, encerrado como cobiçado tesouro, sagrado e aprazível, a ser desfrutado apenas por eles próprios; tampouco deve o amor de Cristo ser manifestado unicamente para com aqueles que lhes agradam à fantasia. MCP2 628 3 Cumpre ensinar os estudantes a cultivar o traço cristão de um bondoso interesse, uma disposição sociável para com aqueles que se encontram em mais necessidade, embora não sejam os companheiros de sua preferência. Em todo tempo e lugar, Jesus manifestava amorável interesse pela humanidade, irradiando em torno de Si a luz da piedade animosa. Ensinem-se os alunos a Lhe seguirem os passos. A mostrarem interesse cristão, simpatia e amor por seus jovens companheiros, e buscar atraí-los para Jesus; qual fonte de água que salta para a vida eterna, deve Cristo estar no coração deles, refrigerando a todos com quem chegarem em contato. -- Testimonies for the Church 6:172, 173 (1900); Testemunhos Selectos 2:438. MCP2 629 1 Todos nos devemos tornar testemunhas de Jesus. O poder social, santificado pela graça de Cristo, deve ser aperfeiçoado em atrair almas para o Salvador. Demos a conhecer ao mundo que não nos achamos absorvidos egoistamente em nossos próprios interesses, mas desejamos que os outros participem das bênçãos e privilégios que gozamos. Mostremos-lhes que nossa religião não nos torna faltos de simpatia nem exigentes. Que todos quantos professam haver encontrado a Cristo, sirvam, como Ele fez, ao bem dos homens. -- O Desejado de Todas as Nações, 152 (1898). ------------------------Capítulo 69 -- Rejeição Exagerando aparentes dificuldades MCP2 630 1 Muitos exageram grandemente aparentes dificuldades e então se põem a nutrir autocomiseração, cedendo ao desânimo. Esses precisam fazer completa mudança em si mesmos. Precisam disciplinar-se, empenhando-se em vencer todos os sentimentos infantis. Devem convencer-se de que a vida não deve ser gasta em trabalhos triviais. ... Cada qual deve ter um alvo, um objetivo, na vida. Os lombos da mente devem ser cingidos e os pensamentos treinados a ficar firmes quanto ao ponto visado, como a bússola em apontar ao pólo. A mente deve ser dirigida no conduto certo, de acordo com bem formados planos. Então cada passo será um passo para a frente. ... O êxito ou o fracasso nesta vida depende muito da maneira em que os pensamentos são disciplinados. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1886. Não há razão para o desespero MCP2 630 2 Ninguém tem necessidade de se abandonar ao desânimo e desespero. Satanás poderá achegar-se a vós com a cruel sugestão: "Teu caso é desesperado. És irremissível." Mas há para nós esperança em Cristo. Deus não nos manda vencer em nossas próprias forças. Pede-nos que nos acheguemos bem estreitamente a Ele. Sejam quais forem as dificuldades sob que labutemos, que nos façam vergar o corpo e a alma, Ele está à espera de nos libertar. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). Guardai-vos da autocomiseração! MCP2 631 1 Necessitamos de evitar a compaixão de nós mesmos. Nunca alimenteis a impressão de que não sois estimados como deveríeis, que os vossos esforços não são apreciados e que o vosso trabalho é demasiado penoso. A lembrança de que Jesus sofreu por nós reduza ao silêncio todo o pensamento de murmuração. Somos tratados melhor do que foi nosso Senhor. -- A Ciência do Bom Viver, 476 (1905). MCP2 631 2 A autocomiseração é deteriorante ao caráter dos que a cultivam, e exerce uma influência que estraga a felicidade dos outros. -- Manuscrito 27, 1902; Medicina e Salvação, 177. Capacidade de suportar a negligência MCP2 631 3 A alma que ama a Deus ascende acima da névoa da dúvida; alcança uma vivência brilhante, ampla, profunda e viva, e torna-se mansa e semelhante a Cristo. Entrega a alma aos cuidados de Deus, escondida com Cristo em Deus. Será capaz de resistir à prova da negligência, dos maus tratos e desprezo, porque seu Salvador sofreu tudo isso. Não se tornará irritada e desanimada quando as dificuldades a pressionarem, porque Jesus não fracassou nem desanimou. Todo verdadeiro cristão será forte, não na força e mérito de suas boas obras, mas na justiça de Cristo, que pela fé lhe é imputada. É grande coisa ser manso e humilde de coração, ser puro e sem mácula, como foi o Príncipe do Céu quando andou entre os homens. -- The Review and Herald, 3 de Dezembro de 1889; The S.D.A. Bible Commentary 7:907. Não levar a sério as negligências MCP2 631 4 É o amor do próprio eu que destrói a nossa paz. Enquanto o eu está bem vivo, estamos continuamente prontos a preservá-lo de mortificação e insulto; mas, se estamos mortos, e nossa vida escondida com Cristo em Deus, não levaremos a sério as desatenções e indiferenças. Seremos surdos às censuras, e cegos à zombaria e ao insulto. -- O Maior Discurso de Cristo, 16 (1896). Desânimo, fruto de excessivo lazer MCP2 631 5 As sensações de desânimo são em geral o resultado de muito ócio. As mãos e a mente devem ocupar-se com trabalho útil, que suavize os fardos dos outros; e os que assim estão empenhados se beneficiarão a si mesmos também. A ociosidade dá tempo para se ruminarem tristezas imaginárias; e freqüentemente os que não possuem provas e sofrimentos reais, tomam-nas emprestado do futuro. -- The Signs of the Times, 23 de Outubro de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 629. Conforto para um menino órfão rejeitado MCP2 632 1 Oh, mundo frio e egoísta é este! Os teus parentes, que te deveriam ter amado e querido por amor de teus pais, se não por amor a ti mesmo, encerraram-se em seu egoísmo e não têm interesse especial por ti. Deus, porém, estará mais perto de ti e te será mais querido do que qualquer de teus parentes terrestres possam ser. Ele será teu Amigo e nunca te abandonará. Ele é pai dos órfãos. Sua amizade te proverá doce paz e te ajudará a suportar com coragem a grande perda. MCP2 632 2 Procura fazer de Deus o teu pai, e nunca terás necessidade de um amigo. Serás exposto a provas; no entanto sê inflexível, e luta por adornar tua profissão de fé. Precisarás de graça para resistir, mas os olhos misericordiosos de Deus estão sobre ti. Ora muito, e fervorosamente, crendo que Deus te ajudará. Guarda-te da irritabilidade e do mau humor, e de um espírito atormentador. A paciência é uma virtude que deves acoroçoar. Busca a piedade de coração. Sê cristão coerente. Possui o amor da pureza e humilde simplicidade, e sejam estas entretecidas em tua vida. -- Testimonies for the Church 2:314 (1869). Nunca te sintas só MCP2 632 3 Podes nunca estar desolado, nunca sentir-te só, se tomar a Jesus como teu Companheiro e Amigo eterno. -- Carta 4, 1885. A negligência destrói a alma MCP2 632 4 Não é só pela resistência, mas pela negligência que a alma é destruída. -- O Desejado de Todas as Nações, 314 (1898). Suportai-vos uns aos outros MCP2 632 5 Devemos suportar-nos uns aos outros, lembrados de nossas falhas. Com alguns tenhamos compaixão, fazendo uma diferença; outros salvemos com temor, arrancando-os do fogo. Nem todos suportam a mesma rígida disciplina. Nem todos podem ser submetidos às mesmas idéias de outro, sobre o dever. Têm de ser feitas concessões para diferentes temperamentos e espíritos diferentes. Deus sabe como tratar conosco. Mas meu coração tem doído ao ver irmão tratar com irmão, e a disposição de apanhar outro em suas palavras e tornar um homem um ofensor por uma palavra. ... MCP2 633 1 É tempo para todos se lançarem à obra, sem se deter para medir exatamente a parte do erro que cabe ao outro, mas cada qual sondando o próprio coração, confessando seus próprios erros, e deixando os irmãos nas mãos do Senhor. Cada qual só tem que responder por seus próprios erros; e enquanto tão estritamente cuida de tirar o joio do quintal de seus irmãos, o mato peçonhento está crescendo, forte e luxuriante, em seu próprio quintal. Labutem todos para guardar a própria alma e possuir um espírito feliz, prazenteiro e paciente no lar, e tudo estará bem. -- Carta 12, 1863. Nem todos pensam o mesmo MCP2 633 2 Para tratar com mentes, requer-se serviço do coração inteiro. Lembremo-nos disto: Muitas vezes somos tentados a criticar um homem detentor de alta posição de responsabilidade, porque ele não procede como nós pensamos que devia. Mas a pessoa que tem tantas responsabilidades a cumprir não carece da crítica de seus coobreiros; precisa, sim, seu encorajamento, sua indulgência, sua paciência e suas orações. Ele precisa da presença de Cristo a habitar nele; pois não é sempre que tem ao dispor homens prudentes com quem se aconselhar. MCP2 633 3 Na confusão de muitos cuidados e muitos chamados de auxílio, ele pode cometer erros. Entre as dezenas de apelos que vêm, pedindo auxílio, teu caso pode parecer negligenciado. Nessas ocasiões lembra-te das pesadas cargas que são postas sobre aquele que pensas ter deixado de cumprir seu dever. Lembra-te de que pode ser-lhe impossível atender ao teu pedido. Talvez fosse um grande erro atender a ele. -- Carta 169, 1904. O Senhor está ao lado de seus mensageiros MCP2 633 4 O Senhor deseja que todos os seres humanos ao Seu serviço deixem todas as severas acusações e linguagem exprobratória. Somos instruídos a andar com prudência para com os que estão fora. Deixai com Deus a obra de condenar e julgar. Cristo nos convida: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28, 29. MCP2 634 1 Todo aquele que der ouvidos a esse convite se porá ao jugo com Cristo. Devemos manifestar em todos os tempos e todos os lugares a mansidão e humildade de Cristo. Então o Senhor estará ao lado de Seus mensageiros e deles fará Seu porta-voz, e aquele que for um porta-voz de Deus jamais porá nos lábios de seres humanos palavras que a Majestade do Céu não proferiria quando em contenda com o diabo. -- Carta 38, 1894. Não pense em sentimentos ofendidos (conselho a um executivo) MCP2 634 2 Não penses em teus sentimentos ofendidos. Põe de lado esses sentimentos. Penetrando na vereda da crítica e do falar ríspido, te tornarás mais e mais ríspido e mais inclinado à crítica. Detém-te, antes de começar. Não permitas ao inimigo uma polegada de terreno. -- Carta 169, 1902. ------------------------Capítulo 70 -- Crítica Resultados da crítica MCP2 635 1 Nosso corpo é constituído daquilo que comemos e bebemos, e a espécie de nossa vida espiritual depende daquilo de que nossa mente se alimenta e assimila. Demorando-se continuamente nos erros e defeitos dos outros, muitos se tornam dispépticos religiosos. MCP2 635 2 O Senhor nos ordenou: "Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Filipenses 4:8. Mas os que estão tão ocupados em dissecar as palavras e atos dos outros para descobrir tudo que é objetável, deixam de discernir as coisas boas e agradáveis. Não comem do alimento apropriado a promover a vitalidade espiritual e o crescimento sadio. -- Manuscrito 4a, 1893. Respeitai e amai-vos uns aos outros MCP2 635 3 Enquanto deixarmos predominar na lembrança os atos desagradáveis e injustos de outros, parecer-nos-á impossível amá-los como Cristo nos ama; se, porém, nossos pensamentos se fixam no extraordinário amor e piedade de Cristo para conosco, esse mesmo espírito irradiará de nós para os nossos semelhantes. Cumpre-nos amar e respeitar uns aos outros, não obstante as faltas e imperfeições que não podemos, malgrado nosso, deixar de notar neles. Necessitamos cultivar a humildade e a desconfiança de nós mesmos, bem como paciente benevolência para com as faltas do próximo. Isso destruirá em nós todo o mesquinho egoísmo, tornando-nos magnânimos e generosos. -- Conflict and Courage, 121 (1892). Criando um mundo irreal MCP2 636 1 Podeis criar na mente um mundo irreal e imaginar uma igreja ideal, onde as tentações de Satanás não incitem para o mal, mas essa perfeição só existe em tua imaginação. O mundo é um mundo caído, e a igreja é um lugar representado por um campo em que medram joio e trigo. Terão de crescer juntos até a ceifa. Não é dever nosso desarraigar o joio, segundo a sabedoria humana, para que, por sugestão de Satanás, não se dê o caso de que o trigo seja arrancado, na suposição de ser joio. A sabedoria que vem de cima se oferece ao que é manso e humilde de coração, e essa sabedoria não o levará a destruir, mas a erguer o povo de Deus. -- Carta 63, 1893. Restaurar e curar MCP2 636 2 Precisamos olhar às faltas dos outros, não para condenar, mas para restaurar e curar. Velai em oração, ide avante ascensionalmente, obtendo mais e mais do espírito de Jesus, e semeando o mesmo sobre todas as águas. -- Carta 89, 1894; Nossa Alta Vocação, 183. Satanás promove a crítica MCP2 636 3 O próprio eu sempre nutrirá alta estima de si mesmo. Ao perderem os homens seu primeiro amor, não mais guardam os mandamentos de Deus, e então começam a criticar-se uns aos outros. Este espírito constantemente porfiará pelo domínio, até ao fim dos tempos. Satanás procura promovê-lo, a fim de que irmãos, em sua ignorância, desejem devorar-se mutuamente. Deus não é glorificado mas grandemente desonrado; é ofendido o Espírito de Deus. MCP2 636 4 Satanás exulta, porque sabe que, se consegue que um irmão vigie o outro na igreja e no ministério, alguns ficarão tão descoroçoados e deprimidos que deixarão seu posto de dever. Esta não é obra do Espírito Santo; é um poder inferior que está a operar nas recâmaras da mente e no templo da alma, para colocar seus atributos onde deviam estar os atributos de Cristo. -- The General Conference Bulletin, 25 de Fevereiro de 1895, p. 338. Espalhando de Cristo MCP2 637 1 Muitos que professam ajuntar com Cristo, estão espalhando. Este é o motivo de a igreja ser tão fraca. Muitos tomam a liberdade de criticar e acusar. Expressando suspeita, inveja e descontentamento, entregam-se a Satanás como instrumentos. ... A frivolidade, a condescendência egoísta e a despreocupada indiferença por parte de cristãos professos estão desviando muitas almas da vereda da vida. -- Parábolas de Jesus, 340, 341 (1900). Apoiados num braço de carne MCP2 637 2 O Senhor sabe que, se considerarmos o homem, e confiarmos no homem, estamo-nos apoiando em braço de carne. Ele nos convida a confiar. Não há limite ao Seu poder. Pensai no Senhor Jesus e Seus méritos e Seu amor, mas não busqueis encontrar defeitos e demorar nos erros que outros tenham cometido. Chamai a vossa memória as coisas dignas de vosso reconhecimento e vosso louvor; e se sois argutos em discernir erros em outros, sede mais argutos em reconhecer o bem e louvar esse bem. Podereis, ao criticar a vós mesmos, descobrir coisas exatamente tão objetáveis como as que vedes em outros. Busquemos, pois, trabalhar constantemente para fortalecer uns aos outros na mais santa fé. -- Manuscrito 151, 1898. Tentando proteger o próprio eu mediante atacar outros MCP2 637 3 Que ninguém procure acobertar seus próprios pecados mediante o revelar os erros de algum outro. Deus não nos deu a fazer esta obra. Devemos deixar que os outros humilhem o próprio coração, para que cheguem à luz do conhecimento de Deus. -- Manuscrito 56, 1904. Desgastando os nervos externos MCP2 637 4 Os que se criticam e condenam uns aos outros estão transgredindo os mandamentos de Deus, e são-Lhe uma ofensa. Não amam a Deus nem aos semelhantes. Irmãos e irmãs, afastemos o entulho da crítica e suspeita e murmuração, e não desgasteis os nervos externamente. Alguns são tão sensíveis que com eles não se pode arrazoar. Sede muito sensíveis em se tratando do que significa guardar a lei de Deus e quanto a estardes guardando ou quebrantando a lei. A esse respeito é que Deus quer que sejamos sensíveis. -- The General Conference Bulletin, 1 de Abril de 1903; The S.D.A. Bible Commentary 7:937. Conselho a alguém que confundiu orgulho com sensibilidade MCP2 638 1 Estás pronto a justificar-te alegando que é muito sensível, que sentes profundamente, que sofres tanto. Vi que tudo isso não te escusa à vista de Deus. Confundes orgulho com sensibilidade. O próprio eu predomina. Quando o eu for crucificado, essa sensibilidade, ou orgulho, morrerá; antes disso não és cristão. MCP2 638 2 Ser cristão é ser semelhante a Cristo, ter humildade e espírito manso e quieto, que suportará contradição sem ficar encolerizado ou tornar-se insano. Se a enganadora cobertura que te envolve fosse rasgada, de modo que te visses como Deus te vê, não procurarias por mais tempo justificar-te, mas, todo alquebrado, cairias sobre Cristo, o único capaz de remover os defeitos de teu caráter, e então te socorreria. -- Testimonies for the Church 2:473 (1870). Sincero exame de consciência MCP2 638 3 Se todos os cristãos professos usassem suas faculdades investigadoras para ver quais os males que neles mesmos carecem de correção, em vez de falar nos erros alheios, existiria na igreja hoje uma condição mais saudável. MCP2 638 4 Há os que são honestos quando isso nada lhes custa, mas quando a astúcia dá melhores dividendos, esquecem-se da honestidade. A honestidade e a astúcia não atuam juntas na mesma mente. A seu tempo, ou a astúcia será expelida dominando então supremas a verdade e a honestidade, ou, se a astúcia for nutrida, jazerá esquecida a honestidade. Jamais ambas se acham em harmonia; nada têm em comum. Uma é o profeta de Baal, a outra o verdadeiro profeta de Deus. MCP2 639 1 Quando o Senhor juntar Suas jóias, os verdadeiros, os francos, os honestos serão por Ele contemplados com prazer. Anjos se acham empenhados em fazer coroas para eles, e sobre essas coroas adornadas de estrelas se refletirá, com esplendor, a luz que irradia do trono de Deus. -- Testimonies for the Church 5:96 (1882); Testemunhos Selectos 2:23, 24. Raiz de amargura MCP2 639 2 Enquanto tão de pronto pensais e falais mal um do outro, enquanto permitis que a raiz de amargura germine e seja acariciada, vossa influência afasta de Cristo e endurece corações, em resistência ao doce espírito de união e paz. Ponde tudo à margem, sem um momento de demora. "Que vos ameis uns aos outros", diz Cristo, "assim como Eu vos amei." João 15:12. -- Carta 33, 1890. Fé é tomar a Deus em sua palavra MCP2 639 3 Lembrai-vos de que fé quer dizer tomar a Deus em Sua palavra. O Filho de Deus vos está preparando um lugar nas mansões de cima. Sejam expressas ações de graças por isso. Não julgueis que, por isso que nem sempre vos sentis animados, não sejais filho Seu. Resolvei decididamente, com humildade e zelo, fazer a obra que Ele vos pede. Apreciai toda oportunidade de fazer uma obra que vos torne uma bênção aos que vos rodeiam. Seja vossa determinação fazer vossa parte para tornar o lugar onde estais, lugar que Deus possa aprovar e abençoar. -- Carta 246, 1908. Certeza da aceitação, por parte do pecador MCP2 639 4 Mediante a bondade e a misericórdia de Cristo deve o pecador ser restaurado ao favor divino. Deus em Cristo está rogando diariamente aos homens que se reconciliem com Ele. De braços estendidos, está pronto a receber e dar as boas-vindas, não somente aos pecadores, mas aos pródigos. O amor por Ele manifestado mesmo quando moribundo, no Calvário, é a garantia do pecador quanto a sua aceitação, paz e amor. Ensinai estas coisas pela maneira mais simples, para que a alma obscurecida pelo pecado, veja a luz brilhando da cruz do Calvário. -- Carta 15a, 1890; Mensagens Escolhidas 1:178, 179. Eu vos aliviarei MCP2 640 1 O Senhor me deu uma mensagem para vós, e não somente para vós, mas também para outras almas fiéis, perturbadas pelas dúvidas e temores concernentes a sua aceitação pelo Senhor Jesus Cristo. Sua palavra para vós é: "Não temas, porque Eu te remi: chamei-te pelo teu nome, tu és Meu." Isaías 43:1. Desejais agradar ao Senhor, e o podeis fazer crendo em Suas promessas. Ele espera levar-vos para um porto de misericordiosa experiência, e vos ordena: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." Salmos 46:10. Tendes tido um tempo de inquietação, mas Jesus vos diz: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. O gozo de Cristo na alma vale tudo. "Então se alegram", porque têm o privilégio de repousar nos braços do eterno amor. -- Carta 2, 1914; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 516. ------------------------Capítulo 71 -- Felicidade Harmoniosa ação de todas as energias MCP2 641 1 A ação harmoniosa e salutar de todas as energias do corpo e da mente resulta em felicidade; quanto mais elevadas e aprimoradas as energias, tanto mais pura e perfeita a felicidade. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884; Conselhos Sobre Saúde, 51. Relação da felicidade com a saúde MCP2 641 2 Tão estreitamente está a saúde relacionada com a nossa felicidade, que não podemos ter a última sem a primeira. É necessário um conhecimento prático da ciência da vida humana, a fim de que glorifiquemos a Deus em nosso corpo. É, por conseguinte, da mais alta importância que entre as matérias selecionadas para a infância, a fisiologia ocupe o primeiro lugar. Quão poucos sabem qualquer coisa sobre a estrutura e funções de seu próprio corpo e das leis naturais! Muitos estão sendo levados à deriva sem rumo, à semelhança de um navio no mar sem bússola ou âncora; e, o que é pior, não estão interessados em aprender como conservar seu corpo em boas condições de saúde e evitar as doenças. -- História da Redenção, Agosto 1866; Conselhos Sobre Saúde, 38. Lei da ação e reação MCP2 641 3 Nossa felicidade será proporcional a nosso trabalho altruísta movido pelo amor divino, pois no plano da salvação Deus indicou a lei da ação e reação. -- The Signs of the Times, 25 de Novembro de 1886; Beneficência Social, 302. Fazer o bem estimula os nervos MCP2 642 1 Todo raio de luz espargido sobre outros, refletir-se-á em nosso próprio coração. Toda palavra bondosa e compassiva que se dirija a um aflito, toda ação praticada para aliviar um oprimido, e toda dádiva que se destina a suprir as necessidades de nossos semelhantes, dada ou feita tendo em vista a glória de Deus, resultará em bênçãos para o doador. Aqueles que assim trabalham, estão obedecendo a uma lei do Céu, e hão de receber a aprovação de Deus. ... O prazer de fazer bem a outros, comunica aos sentimentos um ardor que eletriza os nervos, vivifica a circulação do sangue, e produz saúde física e mental. -- Testimonies for the Church 4:56 (1876); Steps to Christ, 270, 271. Toda pessoa é uma fonte de sua própria felicidade MCP2 642 2 A vida em Cristo é uma vida de descanso. Desassossego, descontentamento, mal-estar, revelam a ausência do Salvador. Se Jesus for introduzido na vida, essa vida encher-se-á de obras boas e nobres para o Mestre. Esquecer-vos-eis de cuidar em servir ao próprio eu, e vivereis cada vez mais perto do querido Salvador; vosso caráter tornar-se-á semelhante ao de Cristo, e todos quantos vos rodeiam conhecerão que estivestes com Jesus e dEle aprendestes. MCP2 642 3 Cada um possui em si mesmo a fonte da própria felicidade, ou infortúnio. Se ele quiser, poderá erguer-se acima das impressões baixas, sentimentais, que constituem a vida de muitos; mas enquanto ele for cheio de si mesmo, o Senhor nada poderá fazer em seu benefício. Satanás apresentará ambiciosos projetos para estontear os sentidos, mas cumpre-nos conservar sempre diante de nós "o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Filipenses 3:14. Amontoai nesta vida todas as boas obras que puderdes. "E os entendidos pois resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas.sempre e eternamente." Daniel 12:3. -- Testimonies for the Church 5:487, 488 (1889); Testemunhos Selectos 2:189, 190. O mais forte impulso do homem MCP2 643 1 A Bíblia apresenta a nossa vista as inescrutáveis riquezas e imortais tesouros do Céu. O mais forte impulso do homem impele-o a buscar sua própria felicidade, e a Bíblia reconhece este desejo e nos mostra que todo o Céu se unirá ao homem em seus empenhos de alcançar a verdadeira felicidade. Ela revela a condição sob a qual a paz de Cristo é concedida ao homem. Descreve um lar de eterna felicidade e fulgor, onde jamais se conhecerão lágrimas ou necessidade. -- Carta 28, 1888; Minha Consagração Hoje, 160. O cristão goza a real felicidade MCP2 643 2 Se há alguém que devia ser continuamente agradecido, é o seguidor de Cristo. Se há alguém que frua felicidade real, mesmo nesta vida, é o fiel cristão. -- Carta 18, 1859; Nossa Alta Vocação, 201. MCP2 643 3 Devemos ser o povo mais feliz da face da Terra, e não pedir perdão ao mundo por sermos cristãos. -- Manuscrito 17, 1893. Amigo que nunca falha MCP2 643 4 Este é Jesus, a vida de toda graça, a vida de cada promessa, a vida de cada ordenança, a vida de cada bênção. Jesus é a realidade, a glória e fragrância, a própria vida. "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12. Portanto, a estrada real construída para que nela andem os remidos, não são desanimadoras trevas. Na verdade, solitária e penosa seria nossa peregrinação se não fosse Jesus. "Não vos deixarei órfãos", diz Ele. João 14:18. Juntemos, pois, todas as promessas registradas. Repitamo-las dia a dia e nelas meditemos na calada da noite, e sejamos felizes. -- Carta 7, 1892; Mensagens Escolhidas 2:244. A felicidade, não seguindo a própria vontade MCP2 643 5 Jesus quer que sejais felizes, mas não o podeis ser seguindo a própria vontade e os impulsos do próprio coração. ... Nossas noções, nossas peculiaridades, são inteiramente humanas e não devem ser satisfeitas ou tratadas complacentemente. O próprio eu precisa ser crucificado, não de quando em quando mas a cada dia, e o físico, a mente e o espírito precisam subordinar-se à vontade de Deus. A glória de Deus, a perfeição do caráter, eis o que deve constituir o alvo, o desígnio de nossa vida. Os seguidores de Cristo precisam imitá-Lo na disposição. ... Semelhante a Cristo, eis a divisa, não ser como vosso pai ou vossa mãe, mas semelhante a Jesus Cristo -- oculto em Cristo, revestido da justiça de Cristo, possuído do Espírito de Cristo. -- Carta 25, 1882; Nossa Alta Vocação, 29. A felicidade egoísta é mal-equilibrada MCP2 644 1 A felicidade que se busca por motivos egoístas, fora do caminho do dever, é volúvel, caprichosa e transitória; dissipa-se, deixando na alma uma sensação de isolamento e pesar; no serviço de Deus, porém, há satisfação e alegria. O cristão não tem de andar por veredas incertas; não é abandonado a vãos desgostos e decepções. Ainda que não nos sejam dados os prazeres desta vida, podemos, não obstante, sentir-nos ditosos por esperar a vida por vir. -- Conflict and Courage, 124, 125 (1892). O coração em paz com Deus MCP2 644 2 No alicerce da ruína de muitos lares reside a paixão da ostentação. Homens e mulheres planejam e tramam para conseguir meios para darem aos outros a impressão de serem mais ricos do que os vizinhos. Mas embora possam ter êxito em sua luta desesperada, não são na verdade felizes. A verdadeira felicidade provém de um coração em paz com Deus. -- Manuscrito 99, 1902; The S.D.A. Bible Commentary 7:941, 942. O amor traz felicidade MCP2 644 3 De um ponto de vista humano, o dinheiro é poder; mas do ponto de vista cristão, o amor é que é poder. Força intelectual e espiritual acham-se envolvidas neste princípio. O amor puro é de especial eficácia no fazer o bem, e não pode fazer nada senão o bem. Impede a discórdia e a miséria, e traz a mais real felicidade. A abastança é muitas vezes uma influência corruptora e destruidora; a força é forte em ferir; mas a verdade e a bondade são qualidades do amor puro. -- Testimonies for the Church 4:138 (1876). A regra áurea faz felicidade MCP2 645 1 "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles." Mateus 7:12. O Salvador ensinou este princípio para tornar feliz a humanidade, e não infeliz; pois de nenhum outro modo pode vir a felicidade. Deus deseja que homens e mulheres vivam a vida mais elevada. Concede-lhes a bênção da vida, não meramente para os habilitar a conseguir abastança, mas para aperfeiçoar suas faculdades superiores mediante o realizar a obra que confiou à humanidade -- obra de dar busca às necessidades dos semelhantes e aliviá-las. O homem deve trabalhar, não em favor de seu próprio egoísta interesse, mas do interesse de cada um dos que o cercam, abençoando os outros por sua influência e boas obras. Este propósito de Deus é exemplificado na vida de Cristo. -- Manuscrito 132, 1902; Minha Consagração Hoje, 165. Felicidade em fazer MCP2 645 2 Não importa qual seja nossa posição nem quão limitadas sejam as nossas aptidões, temos uma obra a fazer para o Mestre. Nossas graças desenvolvem-se e amadurecem pelo exercício. Tendo a verdade de Deus a arder na alma, não podemos ficar ociosos. A felicidade que experimentaremos em agir, compensará mesmo nesta vida cada esforço. Unicamente os que experimentaram a felicidade resultante do abnegado esforço no serviço de Cristo podem falar do assunto com a devida compreensão. É na verdade tão pura a alegria, tão profunda, que a linguagem não a pode exprimir. -- Carta 9, 1873; Nossa Alta Vocação, 184. Nossa felicidade a felicidade dos outros MCP2 645 3 Cristo faz Sua igreja um belo templo para Deus. "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome", declarou, "aí estou Eu no meio deles." Mateus 18:20. Sua igreja é a corte de vida santa, repleta de variados dons e dotada do Espírito Santo. Apropriados deveres são designados pelo Céu a cada membro da igreja na Terra, e todos devem buscar sua felicidade na felicidade daqueles a quem ajudam e beneficiam. -- The Signs of the Times, 1 de Março de 1910; Nossa Alta Vocação, 162. Beneficia o organismo todo MCP2 646 1 Se a mente é livre e feliz, por uma certeza de fazer o bem e um senso de satisfação por causar felicidade a outros, isto causa uma alegria que reagirá sobre todo o organismo, promovendo uma circulação mais livre do sangue e um avivamento de todo o corpo. A bênção do Senhor é um poder que cura, e os que são liberais em beneficiar outros, receberão aquela maravilhosa bênção no coração e na vida. -- CTBH (1890); Minha Consagração Hoje, 150. MCP2 646 2 Os que seguem o caminho da sabedoria e santidade não serão molestados com vãos remorsos sobre horas desperdiçadas, tampouco serão perturbados com tristeza ou horror, como se dá com alguns, a menos que estejam empenhados em diversões vãs, levianas. -- História da Redenção, Março 1872; Minha Consagração Hoje, 150. A felicidade ao alcance MCP2 646 3 O mundo está cheio de espíritos insatisfeitos, que passam por alto a felicidade e as bênçãos que se acham ao seu alcance, e estão continuamente buscando a felicidade e satisfação que não possuem. Estão constantemente porfiando por algum bem esperado futuramente, maior do que o que possuem, e estão sempre num estado de decepção. Nutrem a incredulidade e ingratidão, passando por alto as bênçãos que estão mesmo em seu caminho. As bênçãos comuns e diárias da vida são-lhes desprezíveis, tal como foi o maná aos filhos de Israel. -- Testimonies for the Church 2:640 (1871). As diversões excitam, mas resultam em depressão MCP2 646 4 As diversões excitam a mente, mas é certo seguir-se a depressão. O trabalho útil e o exercício físico terão sobre a mente uma influência sadia e fortalecerão os músculos, melhorarão a circulação, e demonstrar-se-ão um poderoso agente na recuperação da saúde. -- História da Redenção, Março 1872; Minha Consagração Hoje, 150. Buscando a felicidade de maneira errada (conselho a um jovem) MCP2 646 5 Um ano atrás trabalhamos no teu interesse. Foram-me mostrados teus perigos, e estávamos ansiosos por salvar-te; mas vemos que não tiveste forças para cumprir as resoluções ali feitas. Estou perturbada com este assunto. ... Quando em Battle Creek, em Junho, foi-me de novo mostrado que não estavas fazendo nenhum progresso, e a razão era que não fizeste uma estrada limpa atrás de ti. Não aprecias a religião. Afastaste-te de Deus e da justiça. Tens buscado a felicidade de maneira errada, em prazeres proibidos, e não tens coragem moral para confessar e abandonar teus pecados, para que possas encontrar misericórdia. -- Testimonies for the Church 2:291 (1869). Consciência limpa e aprovação de Deus versus paixões naturais e coração carnal MCP2 647 1 De que bens Ele quereria privar-nos? Ele quereria privar-nos do privilégio de ceder às paixões naturais do coração carnal. Não podemos ficar zangados quando nos satisfazemos, e ao mesmo tempo reter uma consciência limpa e a aprovação de Deus. Mas não estamos dispostos a renunciar a isso? Far-nos-á a condescendência com as paixões corruptas mais felizes, um pouco que seja? É porque ela não o fará, que nos são impostas restrições nesse sentido. MCP2 647 2 Ficar zangados e cultivar um temperamento perverso, nada acrescentará ao nosso contentamento. Não é para nossa felicidade seguirmos a liderança do coração natural. E tornar-nos-emos melhores por condescender com ela? Não; ela lançará uma sombra sobre nossa família e uma mortalha sobre nossa felicidade. Ceder aos apetites naturais tão-somente prejudicará a constituição e rasgará em pedaços o organismo. Por isso Deus quer que restrinjamos o apetite, controlemos as paixões, e mantenhamos em sujeição o homem todo. E Ele nos prometeu dar-nos força se nos empenharmos em sua obra. -- Testimonies for the Church 2:590, 591 (1871). Promovem a saúde e longa vida MCP2 647 3 O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. "O coração alegre serve de bom remédio." Provérbios 17:22. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). MCP2 648 1 A pessoa cuja mente é calma e satisfeita em Deus, está no caminho da saúde. -- The Review and Herald, 11 de Março de 1880; Minha Consagração Hoje, 150. Resultado da obediência às leis físicas MCP2 648 2 Saúde, vida e felicidade são resultado da obediência às leis físicas que governam nosso corpo. Se nossa vontade e nosso caminho estão de acordo com a vontade e o caminho de Deus; se fazemos o que agrada a nosso Criador, Ele guardará o organismo humano em boas condições e restaurará as faculdades morais, mentais e físicas em ordem, para que Ele possa operar por nosso intermédio, para Sua glória. Constantemente se manifesta em nosso corpo Seu poder restaurador. Se cooperarmos com Ele nesta obra, saúde e felicidade, paz e utilidade serão os resultados certos. -- Manuscrito 151, 1901; The S.D.A. Bible Commentary 1:1118. Saúde para os inválidos MCP2 648 3 Façam os inválidos alguma coisa, em vez de ocupar a mente com alguma simples brincadeira, que os rebaixa na sua própria estima, levando-os a pensar que sua vida seja inútil. Conservai alerta a força da vontade, pois a vontade despertada e devidamente dirigida é poderoso calmante dos nervos. Os inválidos são muito mais felizes se se ativam, e sua restauração se efetua com mais facilidade. -- Testimonies for the Church 1:557 (1867). A vida no campo e a felicidade (conselho a uma mãe) MCP2 648 4 Certo, não estarias no campo inteiramente livre de aborrecimentos e perplexionantes cuidados; mas evitarias ali muitos males e fecharias a porta a uma avalanche de tentações que ameaçam suplantar a mente de vossos filhos. Eles precisam de ocupação e variedade. A monotonia de seu lar fá-los desassossegados e inquietos, e caíram no hábito de misturar-se com os viciados meninos da cidade, obtendo assim uma educação de rua. ... MCP2 648 5 Viver no campo ser-lhes-ia muito benéfico; uma vida ativa, ao ar livre, desenvolveria saúde tanto da mente como do corpo. Deveriam ter um quintal para cultivar, onde encontrassem tanto entretenimento como trabalho útil. O cultivo de plantas e flores tende a melhorar o gosto e o discernimento, ao mesmo tempo que a convivência com as úteis e lindas criações de Deus tem influência enobrecedora sobre a mente, encaminhando-a ao Criador e Senhor de todos. -- Testimonies for the Church 4:136 (1876). Buscando "nossos direitos" MCP2 649 1 Os que amamos falarão ou agirão talvez inadvertidamente, o que nos poderá ferir muito fundo. Não era sua intenção fazer isto, mas Satanás amplia-lhes as palavras e atos em nossa mente, disparando assim um dardo de sua aljava para ferir-nos. Retesamo-nos para resistir àquele que julgamos nos ter ofendido e, assim fazendo, estimulamos as tentações do inimigo. MCP2 649 2 Em vez de orar a Deus pedindo força para resistir a Satanás, permitimos que nossa felicidade seja prejudicada com o tentar colocar-nos na defesa do que chamamos "nossos direitos". Concedemos assim dupla vantagem ao adversário. Agimos em harmonia com nossos sentimentos ofendidos, e Satanás serve-se de nós como instrumentos para ferir e afligir aqueles que não nos pretendiam ofender. MCP2 649 3 As exigências do marido podem às vezes parecer irrazoáveis à esposa quando, se ela calma e candidamente considerasse melhor o assunto, no melhor aspecto possível para ele, veria que ceder sua própria vontade, e submeter-se ao juízo dele, mesmo que isto esteja em oposição aos seus sentimentos, poupá-los-ia ambos a desgostos, e lhes traria grande vitória sobre as tentações de Satanás. -- Testimonies for the Church 1:308, 309 (1862); Testemunhos Selectos 1:106, 107. Deus remove empecilhos à felicidade MCP2 649 4 Deus busca nossa verdadeira felicidade. Se qualquer coisa se acha no caminho dela, Ele vê que isto precisa primeiro ser removido. Ele impede nossos desígnios, e nos decepciona as expectativas e nos leva por decepções e provas a fim de revelar-nos a nós mesmos tais quais somos. ... O pecado é a causa de todos os nossos infortúnios. Se quisermos ter verdadeira paz de espírito e felicidade, o pecado precisa ser removido. -- Carta 29, 1879; Nossa Alta Vocação, 81. Alguns não seriam felizes no céu MCP2 650 1 Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus, ser subitamente transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali sempre existe, estando toda alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está repleto de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caracteres para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e agora é demasiado tarde. MCP2 650 2 Uma vida de rebeldia contra Deus incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 542, 543 (1888). Vossa vida pode ser de alegria MCP2 650 3 Tenhamos, todos nós, confiança em Deus. Pressionai vosso caminho através das sombras que Satanás lança em vossa senda e segurai o braço de Jesus, o Poderoso. Deixai que vosso caso descanse em Suas mãos. Seja vossa oração: "Senhor, apresento-Te minha petição. Em Ti ponho minha confiança, e rogo a bênção que Tu vejas que será para minha utilidade presente e futura e para meu eterno bem." Ao vos erguerdes dos joelhos, crede! Quando o inimigo vier com suas trevas, cantai fé e falai fé, e vereis que cantastes e falastes vós mesmos até a luz. MCP2 651 1 "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos." Filipenses 4:4. Os que isto fazem têm uma vida de contentamento. Nenhuma palavra desagradável procede de seus lábios ou da atmosfera que lhes circunda a alma, pois não se julgam melhores que os outros. Escondei-vos em Jesus Cristo; então, todo o tempo a verdade de Deus vos estará habilitando para a vida futura, imortal. Tendo confiança no Poderoso, vossa confiança não será por empréstimo; será propriedade vossa. -- Manuscrito 91, 1901. Felicidade crescente, através da eternidade MCP2 651 2 Quando por meio de Jesus, entramos no repouso, o Céu começa aqui. Atendemos-Lhe ao convite: Vinde, aprendei de Mim; e assim fazendo começamos a vida eterna. O Céu é um incessante aproximar-se de Deus por intermédio de Cristo. Quanto mais tempo estivermos no Céu da bem-aventurança, tanto mais e sempre mais de glória nos será manifestado; e quanto mais conhecermos a Deus, tanto mais intensa será nossa felicidade. Ao andarmos com Jesus nesta vida, podemos encher-nos de Seu amor, satisfazer-nos de Sua presença. MCP2 651 3 Tudo quanto a natureza humana é capaz de suportar, é-nos dado receber aqui. Mas que é isso comparado ao porvir? Ali "estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima". Apocalipse 7:15-17. -- O Desejado de Todas as Nações, 331, 332 (1898). ------------------------Capítulo 72 -- Hábitos de pensamento Os pensamentos formam o caráter MCP2 655 1 Como um homem imagina "na sua alma, assim é". Provérbios 23:7. Muitos pensamentos fazem a história não escrita de um só dia; e esses pensamentos têm muito que ver com a formação do caráter. Nossos pensamentos devem ser estritamente guardados; pois um pensamento impuro causa uma profunda impressão na alma. Um mau pensamento deixa uma impressão má no espírito. Se os pensamentos são puros e santos, o homem se torna melhor por havê-los nutrido. Por eles é avivado o pulso espiritual, aumentando a capacidade de fazer o bem. E como uma gota de chuva prepara o caminho para outra no umedecer a terra, assim um bom pensamento prepara para outro o caminho. -- The Youth's Instructor, 17 de Janeiro de 1901; Mensagens aos Jovens, 144. Poder para escolher tópicos de pensamento MCP2 655 2 Está dentro das possibilidades de qualquer, escolher os tópicos que ocuparão os pensamentos e moldarão o caráter. -- Educação, 127 (1903). Requer esforço pessoal MCP2 655 3 Ninguém senão vós mesmos podereis dominar vossos pensamentos. Na luta para alcançar a mais elevada norma, o êxito ou o fracasso depende muito do caráter, e da maneira por que são disciplinados os pensamentos. Caso estes estejam bem cingidos, como Deus determina que o sejam dia a dia, estarão nos temas que nos ajudarão no sentido de maior devotamento. Se os pensamentos são justos, então, em resultado, as palavras o serão também; as ações serão de natureza a trazerem alegria e conforto e serenidade a outrem. -- Carta 33, 1886; Nossa Alta Vocação, 112. Precisam ser educados MCP2 656 1 Os pensamentos precisam ser educados. Cingi os lombos do vosso entendimento para que trabalhe na devida direção, e segundo a ordem de bem elaborados planos; então cada passo representa um avanço, e nenhum esforço ou tempo é perdido em seguir idéias vagas e planos casuais. Precisamos considerar o escopo e objetivo da vida, e conservar sempre em vista propósitos dignos. Cada dia devem os pensamentos ser educados e mantidos na justa direção, como a agulha para o pólo. Cada um deve ter seus alvos e desígnios, e então fazer com que todo pensamento e ação sejam de molde a realizar aquilo a que se propõem. Os pensamentos precisam ser controlados. Importa haver firmeza de propósito para levar a cabo aquilo que empreenderdes. -- Carta 33, 1886; Nossa Alta Vocação, 110. Educação dos pensamentos MCP2 656 2 A verdadeira disciplina da vida é composta de pequeninos fatos. A educação dos pensamentos é essencial. -- Manuscrito 76, 1900. MCP2 656 3 A educação do coração, o controle dos pensamentos, em cooperação com o Espírito Santo, levarão ao controle das palavras. Isto é verdadeira sabedoria, e assegurará a calma mental, contentamento e paz. Haverá alegria na contemplação das riquezas da graça de Deus. -- Carta 10, 1894. Os pensamentos corretos não vêm naturalmente MCP2 656 4 Há fervoroso trabalho diante de cada um de nós. Pensamentos corretos, puros e santos propósitos, não nos vêm naturalmente. Temos de lutar por eles. -- The Review and Herald, 28 de Novembro de 1899. Pensamentos cativos MCP2 656 5 Se a vida recebe o devido controle, o poder da verdade é ilimitado. Os pensamentos são levados em cativeiro a Jesus Cristo. Do tesouro do coração provêm palavras apropriadas e adaptadas e certas. Nossas palavras, especialmente, devem ser guardadas. Escrevendo a Timóteo, diz Paulo: "Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito, mediante o Espírito Santo que habita em nós." 2 Timóteo 1:13, 14. -- Manuscrito 130, 1897. A mente tem de ser firmemente controlada MCP2 657 1 Os jovens devem começar cedo a cultivar corretos hábitos de pensamento. Devemos disciplinar a mente a pensar numa linha sadia e não lhe permitir que demore em coisas más. O salmista exclama: "As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!" Salmos 19:14. MCP2 657 2 Ao operar Deus no coração por Seu Santo Espírito, tem de o homem cooperar com Ele. Os pensamentos têm de ser amarrados, restringidos, impedidos de soltar brotos e contemplar coisas que tão-somente enfraquecem e corrompem a alma. Os pensamentos têm de ser puros, as meditações do coração têm de ser limpas, para que as palavras da boca sejam palavras aceitáveis ao Céu e de auxílio aos vossos companheiros. MCP2 657 3 Cristo disse aos fariseus: "Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más." Mateus 12:34, 35. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1888. Pecados abertos manifestam pensamentos latentes MCP2 657 4 O período de tentação sob a qual, talvez, uma pessoa caia em um pecado ofensivo, não cria o mal revelado, mas apenas desenvolve ou torna manifesto aquilo que estava oculto e latente no coração. Um homem "é tal quais são os seus pensamentos"; porque de seu coração "procedem as saídas da vida". Provérbios 23:7; 4:23. -- O Maior Discurso de Cristo, 60 (1896). Obrigação de controlar os pensamentos MCP2 658 1 No Sermão da Montanha Cristo apresentou ante Seus discípulos os vastos princípios da lei de Deus. Ensinou aos ouvintes que a lei é transgredida pelos pensamentos antes de ser o mau desejo posto em prática. Estamos na obrigação de controlar nossos pensamentos e levá-los em sujeição à lei de Deus. As nobres faculdades da mente foram-nos dadas pelo Senhor a fim de que as possamos empregar na contemplação de coisas celestes. Deus fez abundante provisão para que a alma possa fazer contínuo progresso na vida divina. Por toda parte colocou Ele instrumentos para nos ajudarem no desenvolvimento quanto ao conhecimento e a virtude. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1888. A mente natural, deseducada, age sem motivos elevados MCP2 658 2 A mente natural, egoísta, uma vez deixada a seus próprios e maus desejos, agirá sem motivos elevados, sem referência à glória de Deus ou ao benefício da humanidade. Os pensamentos serão maus, e só maus continuamente. ... O Espírito de Deus produz uma nova vida na alma, levando os pensamentos e os desejos à obediência da vontade de Cristo. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1888; Nossa Alta Vocação, 111. O adversário não pode ler os pensamentos MCP2 658 3 O adversário das almas não tem permissão de ler os pensamentos dos homens; é, porém, perspicaz observador, e nota as palavras; registra-as e adapta habilmente suas tentações de modo a se ajustarem ao caso dos que se colocam em seu poder. Caso trabalhássemos para reprimir os pensamentos e sentimentos pecaminosos, não lhes dando expressão em palavras ou ações, Satanás seria derrotado pois ele não poderia preparar suas especiais tentações para adaptar ao caso. Mas quantas vezes, por sua falta de domínio próprio, professos cristãos abrem a porta ao adversário das almas! -- The Review and Herald, 22 de Março de 1887; Mensagens Escolhidas 1:122, 123. Muitos são molestados por maus pensamentos MCP2 658 4 Há muitos que são realmente perturbados porque pensamentos baixos, vis lhes vêm à mente e não são facilmente expulsos. Satanás tem seus anjos maus a nossa volta, e embora não possam ler os pensamentos dos homens, observam de perto suas palavras e atos. Satanás aproveita-se das fraquezas e defeitos de caráter que assim se revelam, e impele suas tentações onde houver a menor força de resistência. Ele faz más sugestões e inspira pensamentos mundanos, sabendo que assim pode levar a alma em cativeiro e condenação. Aos que são egoístas, mundanos, avarentos, orgulhosos, críticos, ou dados à calúnia -- a todos os que estão nutrindo erros e defeitos de caráter -- Satanás apresenta a condescendência com o próprio eu e desvia a alma para um trilho que a Bíblia condena, mas que ele faz parecer atraente. MCP2 659 1 Para cada classe de tentações existe remédio. Não somos deixados a lutar com nossas finitas forças contra o próprio eu e nossa pecaminosa natureza. Jesus é um auxiliar poderoso, um apoio sempre presente. ... A mente tem de ser restringida, não se lhe permitindo que vagueie. Deve ser educada a demorar sobre as Escrituras e temas nobres, elevados. Porções das Escrituras, mesmo capítulos inteiros, podem ser memorizados, para ser repetidos quando Satanás ataca com as suas tentações. ... Quando Satanás quer levar a mente a demorar em coisas terrenas e sensuais, a maneira mais eficaz de lhe resistir é com "está escrito". -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1884. A única esperança é pensar correto MCP2 659 2 Precisamos de um constante senso do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e da danosa influência dos pensamentos maus. Ponhamos nossos pensamentos em coisas santas. Sejam eles puros e verdadeiros, pois a única segurança para qualquer alma é o pensar correto. Devemos usar todos os meios que Deus pôs ao nosso alcance, para o governo e o cultivo de nossos pensamentos. Devemos pôr a mente em harmonia com a mente divina. Sua verdade nos santificará, corpo, alma e espírito. -- Carta 123, 1904. Demorar o pensamento em coisas frívolas MCP2 660 1 Devemos esforçar-nos para ter a mente em condição de podermos receber as impressões do Espírito Santo. Mas não podem receber luz aumentada aqueles que permitem que seus pensamentos corram constantemente após frivolidades. A mente deve ser provida dos tesouros celestes, com alimento que nos habilite a crescer espiritualmente, preparando-nos para um Céu santo. -- Manuscrito 51, 1912; Nossa Alta Vocação, 282. Providência tomada para elevar os pensamentos MCP2 660 2 Deus tomou todas as providências para nossos pensamentos se tornarem puros, elevados, aprimorados e enobrecidos. Ele não só prometeu purificar-nos de toda a injustiça, mas tomou uma real providência para o suprimento da graça que nos erguerá os pensamentos para Ele e nos habilitará a apreciar Sua santidade. Podemos reconhecer que somos possessão de Cristo e que devemos manifestar ao mundo o Seu caráter. Preparados pela graça celestial, tornando-nos revestidos da justiça de Cristo, nas vestes nupciais, e somos habilitados para participar da ceia das bodas. Tornamo-nos um com Cristo, participantes da natureza divina, purificados, aprimorados, elevados, sendo reconhecidos como filhos de Deus -- herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. -- The Youth's Instructor, 28 de Outubro de 1897. Afastar-nos do encantado terreno de satanás (conselho a uma família centralizada em si) MCP2 660 3 Deveis conservar-vos afastados do terreno encantado de Satanás, e não permitir que vossa mente se desvie da fidelidade para com Deus. Por meio de Cristo podeis e deveis ser felizes, e adquirir hábitos de domínio próprio. Até vossos pensamentos devem ser trazidos em sujeição à vontade de Deus, e vossos sentimentos sob o domínio da razão e da religião. Vossa imaginação não vos foi dada para que se lhe permitisse correr desenfreada a seu bel-prazer, sem nenhum esforço para restringi-la ou discipliná-la. MCP2 660 4 Se os pensamentos forem maus, maus serão também os sentimentos; e os pensamentos e os sentimentos, combinados, constituem o caráter moral. Quando julgais que, como cristãos, não vos é requerido restringir os pensamentos e sentimentos, sois levados sob a influência dos anjos maus, e convidais a sua presença e o seu domínio. Se cederdes às vossas impressões, e permitirdes que os pensamentos sigam o rumo da suspeita, da dúvida, dos lamentos, achar-vos-eis então entre os mais infelizes dos mortais, e vossa vida se demonstrará um fracasso. -- Testimonies for the Church 5:310 (1885); Mensagens aos Jovens, 92. Conselho a uma jovem senhora acerca do perigo de construir castelos na areia MCP2 661 1 Deveis dominar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. No entanto, Deus exige isso de ti; é um dever que repousa sobre todo ser responsável. És responsável perante Deus pelos teus pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. MCP2 661 2 Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e excessivamente perigosos. Uma vez estabelecidos, é quase impossível rompê-los e dirigir o pensamento para temas puros, santos e elevados. Deves tornar-te fiel sentinela de teus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiseres dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos te manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. És fraca nesse sentido. -- Testimonies for the Church 2:561 (1870); Mensagens aos Jovens, 75, 76. Substituir o mau pelo bom MCP2 661 3 Os pais podem escolher, se o quiserem, se a mente dos filhos se encherá ou não de pensamentos e sentimentos puros e santos; mas seus gostos precisam ser disciplinados e educados com o maior cuidado. Precisam começar cedo a desdobrar as Escrituras diante das mentes em desenvolvimento de seus filhos, a fim de que formem os devidos hábitos e gostos. ... Os elementos do mal não podem ser exterminados a não ser pela introdução de alimento para pensamentos puros e sólidos. -- The Review and Herald, 9 de Novembro de 1886; Nossa Alta Vocação, 200. Evitar o pensamento negativo MCP2 662 1 Como nós não pertencemos a nós mesmos, visto como fomos comprados por bom preço, é dever de todo que professa ser cristão, manter seus pensamentos sob o controle da razão e impor-se o dever de ser animoso e feliz. Por amarga que seja a causa de sua tristeza, deve ele cultivar um espírito de repouso e quietude em Deus. O repouso que há em Cristo Jesus, a paz de Cristo, quão preciosa, quão salutar sua influência, quão calmante para a alma opressa! Por escuras que sejam suas perspectivas, nutra ele um espírito de boa esperança. Ao passo que coisa alguma se ganha pelo desânimo, muito por ele se perde. Ao passo que o bom ânimo e uma calma resignação e paz tornarão felizes e sadios os outros, ao mesmo tempo serão de maior benefício a si mesmo. A tristeza e o falar em coisas desagradáveis, é o mesmo que animar cenas desagradáveis, trazendo sobre si o efeito desagradável. Deus quer que esqueçamos tudo isso -- não olhar para baixo mas para cima, para cima! -- Carta 1, 1883. Perigo de demorar o pensamento em coisas terrenas MCP2 662 2 Se vossos pensamentos, vossos planos e desígnios são todos dirigidos no sentido de acumulação de coisas terrenas, vossa ansiedade, vosso estudo, vossos interesses, centralizar-se-ão todos no mundo. As atrações celestes perderão sua beleza. ... Vosso coração estará com o vosso tesouro. ... Não tereis tempo para devotar ao estudo das Escrituras e à fervorosa oração para que possais escapar aos ardis de Satanás. -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1910; Nossa Alta Vocação, 198. Mudar o molde do pensamento MCP2 662 3 Quando se permitiu por muito tempo que a mente demorasse tão-só em coisas terrenas, é difícil mudar os hábitos de pensamento. O que os olhos vêem e o ouvido ouve, muitas vezes atrai a atenção e absorve o interesse. Mas se quisermos entrar na cidade de Deus e contemplar a Jesus e Sua glória, temos de acostumar-nos a contemplá-Lo aqui, com os olhos da fé. As palavras e o caráter de Cristo devem ser muitas vezes o assunto de nossos pensamentos e nossa conversação, e cada dia se deve dedicar algum tempo a uma devota meditação sobre esses temas sagrados. -- The Review and Herald, 3 de Maio de 1881. Um grau mais alto de pensamento MCP2 663 1 O homem rebelou-se contra Deus e desde aí sempre se tem esforçado em montar seu esquema de fazer como lhe aprouvesse, para conseguir êxito em assegurar a felicidade. Mas toda vez que ele procurou preencher o sentido com qualquer outro objetivo senão Deus, decepcionou-se. Tem de haver um grau mais alto de pensamento, uma espécie de estudos completamente mais elevada, e objetivos mais altos que busqueis obter, do que tivestes até aqui. As desordens e imperfeições das palavras humanas e de humanos caracteres podem ser restauradas unicamente pelo Senhor Jesus Cristo. Ele, pois, deve ser o objeto de vossa contemplação, o tema de vossa conversação. Deveis ter um exercício de pensamento e ação absolutamente mais elevado, se quiserdes compreender o grande plano da redenção. -- Manuscrito 13, 1897. Lei dos pensamentos e sentimentos MCP2 663 2 É uma lei da natureza que nossas idéias e sentimentos sejam animados e fortalecidos ao lhes darmos expressão. Ao passo que as palavras exprimem pensamentos, é também verdade que estes seguem aquelas. -- A Ciência do Bom Viver, 251, 252 (1905). Rumo do caráter íntegro MCP2 663 3 A vida cristã manifestar-se-á por pensamentos cristãos, palavras e conduta cristãs. Há em Cristo divina integridade de caráter. -- Carta 13a, 1879; Nossa Alta Vocação, 182. Nova dotação de poder MCP2 663 4 Os que consagram a Deus alma, corpo e espírito, purificando os pensamentos pela obediência à lei de Deus, receberão continuamente uma nova dotação de poder físico e mental. Seu coração ansiará por Deus e haverá fervorosa oração rogando clara percepção para discernir o ofício e obra do Espírito Santo. Não somos nós que O devemos usar, mas sim o Espírito Santo nos usar a nós, moldando e dando forma a cada faculdade. -- Testimonies on Sabbath School Work, 106; Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 40. ------------------------Capítulo 73 -- Pensar correto A faculdade do pensamento, dom de Deus MCP2 665 1 A mente é um legado de Deus. Devem ser cultivadas as faculdades da mente. Devem ser usadas tão sabiamente que aumentem em força. Cada qual deve usar os talentos que lhe foram confiados de modo que seja realizado o maior bem. A mente deve ser educada de maneira que sejam produzidas as melhores energias da alma e cada faculdade seja desenvolvida. Não devemos contentar-nos com uma norma baixa. Devemos ir para a frente, de uma linha avançada do trabalho para outra. -- Carta 106, 1901. A mente deve ser educada MCP2 665 2 A mente é nossa melhor possessão; tem, porém, de ser educada pelo estudo, pela reflexão, aprendendo na escola de Cristo, o melhor e mais verdadeiro educador que o mundo já conheceu. O obreiro cristão tem de crescer. Tem de formar um caráter para a utilidade; tem de educar-se a si mesmo de modo a suportar a dureza e ser sábio para planejar e executar na causa de Deus. Tem de ser um homem de mente e conversação puras -- pessoa que se abstenha de toda a aparência do mal e não dê lugar a censura por motivo de seu procedimento desavisado. Deve ser de coração veraz; em sua boca não deve haver engano. -- The Review and Herald, 6 de Janeiro de 1885. MCP2 666 1 Ele [Cristo] morreu por mim para que eu fosse abençoado e que Seu gozo permanecesse comigo. Por isso mantenho meu pensamento nesse rumo; eu o educo; eu o disciplino; educo a língua; educo os pensamentos; disciplino tudo que há em mim, a fim de que possa prendê-lo a Jesus Cristo. -- Manuscrito 36, 1891. MCP2 666 2 Cada faculdade da mente... mostra que Deus designou que essas faculdades fossem usadas, não permanecessem inativas. -- Testimonies for the Church 4:411 (1880). Pensar correto é a única segurança MCP2 666 3 É nos bons pensamentos que reside a única segurança para cada alma. O homem "como imaginou na sua alma, assim é". Provérbios 23:7. A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que parecia a princípio difícil, torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos, podemos afastar-nos de tudo o que é baixo e inferior, e elevar-nos para uma alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 491 (1905). Pensamento Cristocêntrico MCP2 666 4 Vosso último pensamento à noite, vosso primeiro pensamento pela manhã, devem ser para Aquele em quem se concentram vossas esperanças de vida eterna. -- Carta 19, 1895; Nossa Alta Vocação, 114. Desenvolver positividade MCP2 666 5 A positividade e energia, a solidez e resistência de caráter manifestadas em Cristo, têm de se desenvolver em nós, mediante a mesma disciplina que Ele suportou. E caber-nos-á a mesma graça por Ele recebida. -- O Desejado de Todas as Nações, 73 (1898). Esforço proporcionado ao objetivo perseguido MCP2 666 6 Os pensamentos devem concentrar-se em Deus. Devemos exercer diligente esforço para vencer as más tendências do coração natural. Nossos esforços, nossa abnegação e perseverança, devem ser proporcionais ao infinito valor do objetivo que perseguimos. Unicamente vencendo como Cristo venceu, havemos de alcançar a coroa da vida. -- A Ciência do Bom Viver, 455 (1905). Pensando por si MCP2 667 1 Se permitirdes que outro pense por vós, tereis energias atrofiadas e apoucadas habilidades. Muitos há cujo intelecto é apoucado porque se limitam a demorar o pensamento em assuntos comuns. Deveis lutar com problemas de pensamento que requeiram o exercício das melhores faculdades de vossa mente. -- The Review and Herald, 16 de Abril de 1889. Apuro do coração, aprendido na escola de Cristo MCP2 667 2 O verdadeiro apuro nos pensamentos e maneiras aprende-se melhor na escola do divino Mestre do que por qualquer observância de regras estabelecidas. Seu amor, penetrando no coração, dá ao caráter aquele contato purificador que o modela à semelhança do Seu. Esta educação comunica uma dignidade inspirada pelo Céu e um senso das verdadeiras conveniências. Proporciona uma doçura de índole e gentileza de maneiras que nunca poderão ser igualadas pelo verniz superficial dos costumes da sociedade. -- Educação, 241 (1903). Requer-se disciplina mental MCP2 667 3 A capacidade de fixar os pensamentos na obra em mão é grande bênção. Os jovens tementes a Deus devem-se esforçar por desempenhar-se de seus deveres com refletida consideração, mantendo os pensamentos na direção devida, e fazendo o melhor que lhes for possível. Devem reconhecer seus deveres presentes, cumprindo-os sem permitir que os pensamentos divaguem. Essa espécie de disciplina mental será útil e benéfica no decorrer de toda a vida. Os que aprendem a pôr o pensamento em tudo quanto empreendem, por pequena que a obra possa parecer, serão úteis ao mundo. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1903; Mensagens aos Jovens, 149. Relação mútua de idéias MCP2 667 4 Certas mentes são mais como velhos bazares de curiosidades do que outra coisa. Muitos retalhos e fragmentos da verdade foram recolhidos e armazenados ali; não sabem, porém, como apresentá-los de maneira clara e harmônica. É a relação que essas idéias têm umas com as outras, que lhes dá valor. Toda idéia e declaração devem estar tão intimamente unidas como os elos de uma cadeia. Quando um ministro atira uma massa de assuntos perante o povo a fim de que eles a recolham e ponham em ordem, seu trabalho é perdido; pois serão poucos os que façam isto. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1886; Evangelismo, 648, 649. Por que a mente assume um baixo nível MCP2 668 1 Se a mente humana assume baixo nível, geralmente é porque é deixada a tratar com fatos comuns e não convocada e exercida para apreender verdades nobres e elevadas, duradouras como a eternidade. Essas sociedades literárias e liceus estão quase universalmente exercendo uma influência inteiramente contrária àquela que alegam exercer, e são um dano aos jovens. Tal não precisa ser o caso, mas porque elementos não santificados tomam a liderança e os mundanos querem que as coisas se façam de modo que agradem a si mesmos, seu coração não está em harmonia com Jesus Cristo. Participam das fileiras dos inimigos do Senhor, e não se contentam com a espécie de entretenimento que fortaleceria e confirmaria espiritualmente os membros da sociedade. Apresentam-se assuntos baixos e baratos, que não enobrecem nem instruem, mas apenas entretêm. -- Manuscrito 41, 1900. Demorar-se em assuntos não importantes MCP2 668 2 Nas horas de insônia a mente trabalha constantemente. Se demora em questões não importantes, o intelecto é enfraquecido e atrofiado. Pode haver espasmódico lampejo do pensamento; a mente, porém, não se acha disciplinada para a sóbria e constante reflexão. Há temas que demandam séria consideração. ... Demorando o pensamento nesses temas de interesse eterno, a mente se fortalece e o caráter se aperfeiçoa. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1884. Os pensamentos marcam a alma indelevelmente MCP2 668 3 Abstende-vos de todo mal. Os pecados comuns, por mais insignificantes que sejam considerados, prejudicarão vosso senso moral e apagarão a impressão interna do Espírito de Deus. O caráter dos pensamentos deixa o seu cunho na alma, e toda conversação abjeta corrompe o entendimento. Todo mal promove a ruína dos que o cometem. Deus pode perdoar o pecador arrependido e o fará, mas, embora seja perdoado, sua alma é prejudicada; é destruída a faculdade do pensamento elevado, que é própria da mente não enfraquecida. As cicatrizes sempre permanecem na alma. Busquemos, portanto, a fé que atua pelo amor e purifica o coração, a fim de que representemos o caráter de Cristo perante o mundo. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1891; Fundamentos da Educação Cristã, 195. Cercar a alma com uma atmosfera pura MCP2 669 1 Ninguém deve ser atrevido ou intrometido, mas sim devemos quietamente viver nossa religião, tendo em vista a glória de Deus. ... Então brilharemos qual luz no mundo, sem ruído ou atrito. Ninguém precisa falhar, pois está com ele Alguém que é sábio no conselho, excelente na atuação, e poderoso para realizar Seus desígnios. Ele opera por Seus agentes, vistos e invisíveis, humanos e divinos. Esta é uma grande obra e será levada adiante para a glória de Deus, se todos os que a ela se acham ligados fizerem suas obras corresponderem a sua profissão a fé. A pureza de pensamento tem de ser nutrida, como indispensável à obra de influenciar outros. A alma tem de ser rodeada de uma pura e santa atmosfera, atmosfera que tenda a avivar a vida espiritual de quantos a respirem. -- Carta 74, 1896; Filhos e Filhas de Deus, 316. Toda a energia deve ser exercitada (conselho a uma jovem senhora) MCP2 669 2 A vida da alma não pode ser sustentada a menos que se ponha em sujeição à vontade de Deus. Toda a energia deve ser exercida em fazer a vontade divina. Nossos pensamentos, se firmados em Deus, serão guiados pelo amor e poder divinos. Então, minha querida filha, prossegue em viver as palavras que procedem dos lábios de Cristo. Que o Senhor te fortaleça e abençoe e guie. Avançar, pois, crendo que, se pedires, receberás. -- Carta 339, 1905. Cristo muda os pensamentos MCP2 670 1 Cristo veio para mudar a corrente dos pensamentos e afeições [do homem]. -- Testimonies for the Church 1:196 (1859). Como a flor se volve para o sol MCP2 670 2 Que nossa alma se dilate e eleve, a fim de que Deus nos possa proporcionar um sopro da atmosfera celeste. Podemo-nos conservar tão achegados a Deus que, em cada inesperada provação, nossos pensamentos para Ele se volvam tão naturalmente como a flor se volta para o Sol. -- Conflict and Courage, 99, 100 (1892). A transformação começa com os pensamentos MCP2 670 3 As palavras: "E vos darei um coração novo" (Ezequiel 36:26) querem dizer: "E vos darei um novo entendimento." Esta mudança de coração é sempre seguida de uma clara concepção do dever cristão, do entendimento da verdade. A clareza de nossa visão quanto à verdade será proporcional à compreensão que tivermos da Palavra de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 452 (1913), [no inglês]. MCP2 670 4 É preciso que a transformadora graça de Deus tome completa posse de nossas faculdades mentais. Podemos pensar o mal, podemos continuar a conservar a mente em coisas objetáveis, mas que nos fará isso? Conformará toda nossa vida naquilo a que estamos olhando. Mas contemplando a Jesus, somos transformados a Sua semelhança. O servo do Deus vivo olha com certa finalidade. Os olhos são santificados, e santificados os ouvidos, e os que fecharem os olhos e ouvidos para o mal serão transformados. -- Manuscrito 17, 1894. ------------------------Capítulo 74 -- Dúvidas Mistérios que não podemos devassar MCP2 671 1 A Palavra de Deus, como o caráter de seu divino Autor, apresenta mistérios que não podem ser nunca perfeitamente compreendidos por criaturas finitas. A entrada do pecado no mundo, a encarnação de Cristo, a regeneração, a ressurreição, e muitos outros assuntos apresentados na Bíblia, são mistérios demasiado profundos para serem explicados, ou mesmo cabalmente compreendidos pelo espírito humano. Não temos, porém, motivos de duvidar da Palavra de Deus pelo fato de não podermos compreender todos os mistérios de Sua providência. MCP2 671 2 Estamos, no mundo natural, continuamente cercados de mistérios que não podemos penetrar. Mesmo as mais simples formas de vida apresentam problemas que o mais sábio dos filósofos é impotente para explicar. Encontram-se por toda parte maravilhas que escapam à nossa percepção. Deveríamos, então, surpreender-nos ao verificar que no mundo espiritual existem também mistérios que não podemos sondar? Toda a dificuldade jaz na debilidade e estreiteza do espírito humano. Deu-nos Deus nas Escrituras suficientes provas de seu caráter divino, e não devemos duvidar de Sua Palavra pelo fato de não podermos penetrar todos os mistérios de Sua providência. -- Conflict and Courage, 106 (1892). Não removida a possibilidade de dúvida MCP2 672 1 Ao mesmo tempo em que Deus deu prova ampla para a fé, nunca removeu toda desculpa para a descrença. Todos os que buscam ganchos em que pendurar suas dúvidas, encontrá-los-ão. E todos os que se recusam a aceitar a Palavra de Deus e lhe obedecer antes que toda objeção tenha sido removida, e não mais haja lugar para a dúvida, jamais virão à luz. MCP2 672 2 A desconfiança em Deus é produto natural do coração não renovado, e está em inimizade contra Ele. A fé, porém, é inspirada pelo Espírito Santo, e unicamente florescerá à medida que for acalentada. Ninguém se pode tornar forte na fé sem decidido esforço. A incredulidade é fortalecida ao ser acoroçoada; e, se os homens, em vez de se ocuparem com as provas que Deus deu a fim de sustentar-lhes a fé, se permitirem discutir e cavilar, verão que suas dúvidas se tornam constantemente mais acentuadas. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 527 (1911). Impacto do peso da evidência MCP2 672 3 Os que querem duvidar têm suficiente oportunidade para isso. Deus não Se propõe fazer desaparecer toda ocasião para a incredulidade. Apresenta evidências que precisam ser cuidadosamente investigadas, com espírito humilde e susceptível ao ensino; e todos devem julgar pela força dessas mesmas evidências. Deus dá aos espíritos sinceros suficientes evidências para crer; o que, porém, voltar os olhos da força dessas provas, somente porque deparou algumas coisas que sua inteligência finita não apreende, será abandonado à atmosfera glacial da incredulidade e da dúvida, vindo a experimentar o naufrágio da fé. -- Testimonies for the Church 5:676, 677 (1889); Testemunhos Selectos 2:290. Não confiar no sentimento (conselho a um duvidador) MCP2 672 4 O grande plano de misericórdia desde o princípio do tempo é levar toda alma aflita a confiar em Seu amor. Tua salvação, nesta ocasião em que tua mente se encontra torturada de dúvida é não confiar nos sentimentos mas sim no Deus vivo. Tudo que Ele te pede é pores tua confiança nEle, reconhecendo-O como teu fiel Salvador, que te ama e te perdoou todos os equívocos e erros. -- Carta 299, 1904. Nenhum pensamento de dúvida deve ver a luz do dia MCP2 673 1 Vigiai, tão fielmente como o fez Abraão, para que os corvos ou quaisquer aves de rapina não desçam sobre vosso sacrifício e oferta a Deus. Cada pensamento de dúvida deve ser tão vigiado que não veja a luz do dia mediante o pronunciá-lo. A luz sempre foge das palavras que honram os poderes das trevas. A vida de nosso Senhor ressurreto deve em nós manifestar-se diariamente. -- Carta 7, 1892; Mensagens Escolhidas 2:243. O duvidador crônico centraliza-se em si MCP2 673 2 É uma grande desventura ser um duvidador crônico, mantendo olhos e pensamentos centralizados em si. Enquanto estás contemplando a ti mesmo, enquanto for esse o tema do pensamento e da conversação, não podes esperar ser conformado à imagem de Cristo. O próprio eu não é teu salvador. Não tens em ti qualidades remidoras. O "Eu" é um barco que faz água, incapaz de servir para que nele embarque a tua fé. Com a mesma certeza que confias nele, irá a pique. MCP2 673 3 Para o barco salva-vidas! para o barco salva-vidas! Aí está tua única certeza de segurança. Jesus é o Comandante do bote salva-vidas, e Ele jamais perdeu um passageiro. MCP2 673 4 Desanimados descrentes, como podeis esperar sentir o coração inflamado do amor de Cristo? Como podeis esperar que Seu regozijo permaneça convosco e vossa alegria seja perfeita enquanto estais meditando e vos alimentando de vosso próprio caráter imperfeito? -- Carta 11, 1897. Fé e incredulidade MCP2 673 5 Nós não avaliamos quanto perdemos por causa da incredulidade. Sem fé estaremos empenhados numa batalha perdida. Temos um Salvador que compreende cada um dos aspectos de nossa vida. Sabe de nossos desânimos e sabe justamente qual o auxílio de que carecemos. Falta-nos a fé nEle, fé que opera por amor e purifica a alma. -- Manuscrito 41, 1908. MCP2 673 6 A fé aumenta pelos conflitos com as dúvidas; a virtude aumenta as forças pela resistência à tentação. -- The Youth's Instructor, Abril 1873. Abrigar a fé MCP2 673 7 Não há animação oferecida à incredulidade. O Senhor manifesta Sua graça e Seu poder muitas e muitas vezes, e isto deve ensinar-nos que sempre nos é proveitoso, sob quaisquer circunstâncias, cultivar a fé, falar fé, agir fé. Não devemos enfraquecer o coração e as mãos, permitindo que sugestões de mentes suspeitas nos plantem no coração as sementes da dúvida e desconfiança. -- Carta 97, 1898; The S.D.A. Bible Commentary 7:928. A dúvida induz a doenças nervosas MCP2 674 1 A certeza da aprovação de Deus promove a saúde física. Fortalece a alma contra a dúvida, perplexidade e excessiva tristeza, que tantas vezes minam as forças vitais e levam às doenças nervosas de espécie muito debilitante e aflitiva. O Senhor empenhou Sua infalível palavra de que Seus olhos estarão sempre sobre os justos e Seu ouvido aberto a suas orações, ao passo que Ele é contra todos os que praticam o mal. Nós nos impomos um trabalho muito árduo neste mundo, quando imaginamos que o Senhor seja contra nós. -- The Review and Herald, 16 de Outubro de 1883; The S.D.A. Bible Commentary 3:1146. Nenhuma suspeita tomar posse de nossa mente MCP2 674 2 Nenhuma suspeita ou desconfiança deve tomar posse de nosso espírito. Nenhum temor da grandeza de Deus deve confundir nossa fé. Que Deus nos ajude a humilhar-nos com mansidão e modéstia. Cristo depôs Suas vestes reais e Sua real coroa, para que Se pudesse associar com a humanidade, e mostrar que os seres humanos podem ser perfeitos. Revestido das vestes de misericórdia viveu Ele em nosso mundo uma vida perfeita para nos dar prova de Seu amor. Ele fez aquilo que deveria tornar impossível a descrença nEle. De Seu alto posto de comando nas cortes celestiais Ele desceu para tomar a Si a natureza humana. Sua vida é exemplo do que se pode tornar a nossa. Para que nenhum temor da grandeza de Deus interviesse para atenuar nossa crença no amor divino, Cristo tornou-Se um Varão de dores, experimentado nos trabalhos. O coração humano, entregue a Ele, tornar-se-á uma harpa sagrada, a emitir sagrada música. -- Carta 365, 1904; Mensagens Escolhidas 2:254. Não há desculpa para falar sobre o desânimo MCP2 674 3 "Ele [o Pai] nos libertou do império das trevas." Colossences 1:13. Se isto é verdade, que desculpa, então, temos nós para falar em desânimo e incredulidade e dúvida -- atraindo ao nosso redor trevas, qual um manto? Espanquemos de volta a negra sombra da dúvida, lançando-a para o lado, para ser usada por Satanás, o originador de toda a dúvida e desânimo. Ele procura lançar através de nossa vereda sua infernal sombra. Nossa fé tem de penetrar a negra nuvem da dúvida e incredulidade, apoderando-se do braço de Cristo, além. -- Manuscrito 102, 1901. Como Ellen White repeliu a sombra da dúvida MCP2 675 1 Quando Satanás lança sua infernal sombra através de minha vereda, não olho a ela nem dela falo, glorificando o diabo por falar nele e em seu poder, e o tempo difícil que estou atravessando. Não, eu abro caminho através das sombras, e pela fé me apodero de Jesus Cristo. Contemplando, "somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem". Falai como tendo fé. Toda dúvida que expresseis é uma semente semeada, e essa semente pegará raízes em algum coração. Não há necessidade de pronunciar uma palavra de dúvida e assim louvar o maligno por seu maravilhoso poder de vos manter em sujeição. Não, Cristo me adquiriu e redimiu. Satanás não tem poder sobre mim. -- Manuscrito 16, 1894. Idéias falsas acerca de Deus MCP2 675 2 Satanás exulta quando pode levar os filhos de Deus à incredulidade e ao desalento. Deleita-se em ver-nos desconfiando de Deus, duvidando de Sua boa vontade e poder de salvar-nos. Apraz-lhe fazer-nos pensar que as providências do Senhor visam a prejudicar-nos. MCP2 675 3 É a obra de Satanás representar o Senhor como falto de compaixão e piedade. Deturpa a verdade a Seu respeito. Enche a imaginação de idéias errôneas relativamente a Deus e, em vez de fixarmos a mente na verdade quanto a nosso Pai celeste, muitas vezes a demoramos nas falsidades de Satanás, e desonramos a Deus desconfiando dEle, e contra Ele murmurando. MCP2 675 4 Satanás busca sempre tornar a vida religiosa sombria. Deseja que se nos afigure trabalhosa e difícil; e, quando o crente, em sua vida, faz aparecer sua religião sob esse aspecto está, por sua incredulidade, confirmando a mentira de Satanás. -- Conflict and Courage, 116 (1892). Fechai às dúvidas a porta do vosso coração MCP2 676 1 Quando Satanás vem com as suas dúvidas e descrenças, fechai a porta do coração. Fechai os olhos para não vos demorardes em sua infernal sombra. Erguei-os para onde possam contemplar as coisas que são eternas, e tereis força a todas as horas. A prova de vossa fé é muito mais preciosa que ouro. ... Faz-vos valorosos para ferir as batalhas do Senhor, "porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes". Efésios 6:12. MCP2 676 2 Satanás reclama o mundo para si. Alega que nós lhe pertencemos. Devemos, então, dar-lhe o que ele reclama como seu? Não! sou propriedade de outro. Fui comprada por preço e minha atividade é glorificar a Deus no meu corpo e no espírito. Não tenho tempo para falar em incredulidade. É em fé que devemos falar. Devo, pelo exercício, fortalecer a fé. E então minha fé cresce, à medida que confio nas promessas de Deus, e posso alcançar mais e mais. MCP2 676 3 Oh, bendito, bendito Jesus! Amo-O porque Ele é para mim conforto e esperança e oportunidade e recurso; para mim, individualmente, e individualmente para vós. Quero que vos considereis Sua propriedade. Ponde a face como um seixo em direção ao Monte Sião. Convencei-vos de que existe lá um tesouro ao vosso alcance. -- Manuscrito 17, 1894. Uma palavra de dúvida abre espaço para mais MCP2 676 4 Uma só palavra de dúvida, uma palavra de mau pensamento e de falar mal, abre espaço para mais da mesma espécie. É um semear-semente que preparará uma colheita que poucos terão prazer em ceifar. -- Carta 117, 1896. Sementes de dúvida jazem sepultadas MCP2 676 5 Os que são molestados por dúvidas e têm dificuldades que não sabem resolver, não devem lançar outras mentes débeis na mesma perplexidade. Alguns têm insinuado sua incredulidade, ou nela falado, e prosseguido, mal imaginando os efeitos produzidos. Em alguns casos a semente da incredulidade teve efeito imediato, ao passo que em outros jazeram sepultas por bastante tempo, até a pessoa seguir um procedimento errado, dando lugar ao inimigo, e a luz de Deus foi dela retirada, caindo ela sob as poderosas tentações de Satanás. Então as sementes da infidelidade, lançadas faz tanto tempo, germinam. Satanás as alimenta, e elas produzem fruto. MCP2 677 1 Qualquer coisa provinda de ministros que deveriam estar na luz, tem uma poderosa influência. E se não andaram na clara luz de Deus, Satanás os tem usado como agentes seus, por eles lançando seus dardos inflamados a espíritos não preparados para resistir àquilo que proveio de seus pastores. -- Testimonies for the Church 1:378 (1863). Nosso dever de crer MCP2 677 2 Crede que a palavra de Deus não falhará, mas que aquele que prometeu é fiel. É vosso dever crer que Deus cumprirá Sua palavra e perdoará vossos pecados, tanto quanto é dever vosso confessar vossos pecados. Deve ser exercitada vossa fé em Deus como alguém que fará justamente o que disse que faria -- perdoar todas as vossas transgressões. MCP2 677 3 Como podemos crer que o Senhor é de fato nosso Salvador que perdoa os pecados, e provar a felicidade de Lhe pertencer, a grande graça e amor que Ele assegurou-nos que tem para o coração contrito, a menos que creiamos implicitamente em Sua palavra? Oh, quantos e quantos vivem se lamentando, pecando e arrependendo-se, mas sempre sob uma nuvem de condenação! Não crêem na palavra do Senhor. Não crêem que Ele fará justamente o que disse que faria. -- Carta 10, 1893. Causa do pecado -- O amor do pecado MCP2 677 4 Por mais que o disfarcem, a verdadeira causa de incredulidade é, em muitos casos, o amor do pecado. Os ensinos e restrições da Palavra de Deus não agradam ao coração orgulhoso, amante do pecado, e os que não se sentem dispostos a obedecer-lhe aos preceitos, estão prontos a pôr-lhe em dúvida a autoridade. A fim de chegar à verdade é mister que em nós exista um sincero desejo de conhecê-la, e um coração voluntário para obedecer-lhe. E todos quantos, com este espírito, se põem a estudar a Bíblia, encontrarão abundantes provas de que ela é a Palavra de Deus, e poderão obter quanto a suas verdades uma compreensão que os tornará sábios para a salvação. -- Conflict and Courage, 111 (1892). Acariciadas pelos indiscretos MCP2 678 1 Dúvidas e incredulidades são acariciadas pelos que não andam ponderadamente. Têm uma dolorosa consciência de que sua vida não resiste à prova do Espírito de Deus, quer falando pela Sua Palavra, quer mediante os testemunhos de Seu Espírito que os levaria a Sua Palavra. Em vez de começar com o próprio coração, e pondo-se em harmonia com os puros princípios do evangelho, criticam, e condenam o próprio meio que Deus escolheu para preparar um povo que subsista no dia do Senhor. -- Manuscrito 1, 1883; Mensagens Escolhidas 1:45. Dúvidas entretidas, consideradas fatos certos MCP2 678 2 O método geral de educação dos jovens não satisfaz a norma da verdadeira educação. Sentimentos céticos se entretecem no assunto tratado nos compêndios escolares, e os oráculos de Deus são postos numa luz questionável, ou mesmo objetável. Assim a mente dos jovens se familiariza com as sugestões de Satanás, e as dúvidas uma vez entretidas tornam-se, aos que as entretêm, fatos seguros, e fazem-se pesquisas científicas enganosas, por causa da maneira em que suas descobertas são interpretadas e pervertidas. -- The Youth's Instructor, 31 de Janeiro de 1895; Manuscrito 66, 1895. Que fazer com a dúvida MCP2 678 3 Machucas o coração de Cristo pela dúvida, quando Ele nos deu tais provas de Seu amor, dando a própria vida para salvar-nos a fim de que não perecêssemos, mas tivéssemos vida eterna. Ele nos disse exatamente o que fazer: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. -- Carta 10, 1893. As dúvidas desaparecem, ao buscarmos abençoar a outrem MCP2 679 1 Muitos há que se queixam de suas dúvidas, que lamentam não terem certeza de sua união com Deus. Isto muitas vezes é atribuível ao fato de não estarem fazendo nada na causa de Deus. Que eles busquem seriamente ajudar e abençoar a outros, e suas dúvidas e desânimos desaparecerão. -- Testimonies for the Church 5:395 (1885). MCP2 679 2 Os que estão perpetuamente expressando dúvidas e querendo mais evidências para que se dissipe sua nuvem de incredulidade, não constroem sobre a Palavra de Deus. Sua fé repousa sobre circunstâncias; baseia-se nos sentimentos. Mas os sentimentos por agradáveis que possam ser, não são fé. A Palavra de Deus é o alicerce sobre o qual temos de construir nossas esperanças quanto ao Céu. -- Carta 11, 1897. Quanto mais falar sobre dúvidas, tanto mais aumenta a escuridão (conselhos a um ministro que duvida) MCP2 679 3 Vi que os anjos de Deus te olhavam tristes. Haviam deixado o teu lado e, afastando-se pesarosos, enquanto Satanás e seus anjos, contentes sorriam de ti. Se mesmo tivesses lutado com as tuas dúvidas, e não tivesses encorajado o diabo a tentar-te a dar expressão a teu ceticismo e ter prazer em demorar nessa fala, não terias atraído os anjos caídos para junto de ti em tão grande número. Tu, porém, preferiste expressar tuas trevas; preferiste demorar-te nisso; e quanto mais demoradamente falares, mais e mais trevoso te tornas. MCP2 679 4 Estás excluindo de ti todo lampejo da luz celeste, e está-se formando um grande abismo entre ti e os únicos que te poderiam ajudar. Se continuares da maneira em que começaste, a miséria e a desgraça te esperam. A mão de Deus te prenderá de um modo que não te agradará. Sua ira não dormitará. Mas agora Ele te convida. Agora, justamente agora, Ele te pede que voltes para Ele, sem demora, e Ele graciosamente perdoará e curará todas as tuas apostasias. Deus está a guiar avante um povo que é peculiar. Ele os limpará e purificará, habilitando-os para a trasladação. Tudo que é carnal será separado dos peculiares tesouros de Deus, até que se tornem como ouro purificado sete vezes. -- Testimonies for the Church 1:430, 431 (1864). Deixai que raios de luz espanquem as sombras da dúvida MCP2 680 1 Precisamos ser plenos de toda a plenitude de Deus, e então teremos vida, poder, graça e salvação. MCP2 680 2 Como obteremos essas grandes bênçãos? Cristo morreu para que, pela fé no Seu nome, as recebêssemos. Ele nos ofereceu livremente luz e vida. Por que deveríamos, então, persistir em pôr pregos nos quais dependurar nossas dúvidas? Por que encher a galeria da mente com sombrias cenas de dúvida? Por que não deixar os brilhantes raios do Sol da justiça brilhar nas câmaras do coração e da mente, e espancar as sombras da incredulidade? Volvei-nos para a Luz, para Jesus, o amado Salvador. MCP2 680 3 Em vez de olhar às falhas e defeitos de algum ser humano, voltai-vos para contemplar o caráter dAquele em quem não há imperfeição. Jesus é "o mais distinguido entre dez mil", o "totalmente desejável". Não devemos fazer de homem algum o nosso modelo. Deus nos deu um modelo perfeito, em Seu Filho unigênito, e contemplando-O seremos transformados em Sua imagem. Olhai para Cristo, cujo trono é alto e sublime, e o séquito de Sua glória enche o templo. -- Manuscrito 66, 1895. ------------------------Capítulo 75 -- Imaginação e enfermidade A imaginação leva a severas formas de doença MCP2 681 1 A mente precisa ser controlada, pois tem uma poderosíssima influência sobre a saúde. A imaginação muitas vezes se extravia e, quando com ela se condescende, traz graves formas de doença aos por ela afligidos. Muitos morrem de doenças que na maioria são imaginárias. Conheço várias pessoas que trouxeram sobre si reais doenças por influência da imaginação. -- Testimonies for the Church 2:523 (1870). Falecem pessoas que poderiam sarar MCP2 681 2 Ao nosso redor estão a morrer milhares que poderiam sarar e viver, se o quisessem, mas prende-os a imaginação. Temem que piorem se trabalharem ou fizerem exercício, quando essa é justamente a mudança de que carecem para se recuperar. Sem isso jamais se sentirão melhor. Deveriam exercer a força de vontade, erguendo-se acima de suas dores e debilidades, empenhar-se em útil atividade, e esquecer que têm dores nas costas, nos lados, nos pulmões e na cabeça. Negligenciar de exercitar todo o corpo, ou parte dele, causará estados mórbidos. A inação de qualquer dos órgãos do corpo será seguida de uma diminuição, no tamanho e na força dos músculos e fará que o sangue flua lerdo através dos vasos de sangue. -- Testimonies for the Church 3:76 (1872). A imaginação pode controlar partes do corpo MCP2 682 1 É a falta de ação harmoniosa no organismo humano que produz enfermidades. A imaginação pode controlar as outras partes do corpo, para dano seu. Todas as partes do organismo precisam trabalhar harmoniosamente. -- Manuscrito 24, 1900; Medicina e Salvação, 291. Morrendo, de uma doença imaginária MCP2 682 2 Certa ocasião fui chamada para ver uma jovem com quem eu estava bem familiarizada. Ela se achava doente e estava enfraquecendo rapidamente. Sua mãe desejava que eu orasse por ela. A mãe parou ali chorando e dizendo: "Pobre filha; não viverá por muito tempo." Tomei-lhe o pulso. Orei com ela, e depois me dirigi a ela: "Minha irmã, se você se levantar e se vestir e for para seu trabalho costumeiro no escritório, toda esta invalidez desaparecerá." MCP2 682 3 "Acha a senhora que isto desaparecerá?" perguntou ela. MCP2 682 4 "Certamente", respondi. "Você tem enfraquecido as energias vitais pela invalidez." MCP2 682 5 Voltei-me para a mãe e lhe disse que sua filha teria morrido de imaginação doentia se elas não tivessem sido convencidas de seu erro. Ela se educara a si mesma para a invalidez. Ora, esta escola é muito pobre. Mas eu lhe disse: "Mude esta situação; levante-se e vista-se." Ela foi obediente, e está viva hoje. -- Carta 231, 1905; Medicina e Salvação, 109. Imaginação afetada pela doença MCP2 682 6 És altamente sensível, sentes profundamente. És estritamente conscienciosa, e teu julgamento tem de ser primeiro convencido, antes de cederes a opiniões alheias. Se tua saúde física não estivesse debilitada, serias uma mulher eminentemente útil. Há muito que estás enferma, e isso te tem afetado a imaginação, de modo que teus pensamentos se têm concentrado em ti mesma, e a imaginação afetou o corpo. -- Testimonies for the Church 3:74 (1872). Vitória sobre uma imaginação doentia MCP2 683 1 Segundo a luz que me foi dada, se a irmã que mencionaste se animasse e cultivasse o gosto pelo alimento saudável, essas crises de abatimento passariam. Ela tem cultivado a imaginação; o inimigo tem-se aproveitado de sua fraqueza do corpo, e a mente não está animada a suportar a luta contra as dificuldades do dia-a-dia. É a boa, santificada cura mental de que ela carece, um aumento da fé, e ativo serviço em favor de Cristo. Carece também do exercício dos músculos em trabalho prático ao ar livre. O exercício ser-lhe-á uma das maiores bênçãos da vida. Ela não precisa ser inválida, mas sim uma mulher sadia, de sadia mente, preparada para desempenhar sua parte bem e nobremente. MCP2 683 2 Todo o tratamento que possa ser ministrado a essa irmã será de pouco proveito, a menos que ela faça sua parte. Precisa, pelo trabalho físico, fortalecer músculos e nervos. Ela não precisa ser inválida, mas pode fazer bom, fervoroso trabalho. Tal qual muitos outros, tem ela uma imaginação doentia. Mas poderá vencer e ser uma mulher sadia. Tenho tido que dar a muitos esta mensagem, e com os melhores resultados. -- Carta 231, 1905; Medicina e Salvação, 108, 109. Convocar o auxílio da vontade MCP2 683 3 A indolência é um grande mal. Homens, mulheres e jovens, concentrados em si mesmos, pensam estar em muito piores condições do que realmente estão. Nutrem suas indisposições, pensam nelas e nelas falam, até que sua utilidade parece chegar a termo. Muitos têm ido para a sepultura quando poderiam estar vivos, e deviam vivos estar. Sua imaginação estava enferma. Se tivessem resistido à disposição de ceder às fraquezas e por elas ser vencidos; tivessem chamado em seu auxílio o poder da vontade, poderiam ter vivido para com sua influência ser uma bênção ao mundo. -- História da Redenção, Julho, 1868. Unidos a cura da doença e o livramento do pecado MCP2 683 4 No ministério da cura, o médico tem de ser um cooperador de Cristo. O Salvador assistia tanto à alma como ao corpo. O evangelho por Ele pregado era uma mensagem de vida espiritual e de restauração física. O libertamento do pecado e a cura da doença estavam ligados entre si. O mesmo ministério é confiado ao médico cristão. Ele se deve unir a Cristo no aliviar tanto as necessidades físicas como as espirituais dos semelhantes. Cumpre-lhe ser para o enfermo um mensageiro de misericórdia, levando-lhe um remédio ao corpo doente e à alma enferma de pecado. -- A Ciência do Bom Viver, 111 (1905). ------------------------Capítulo 76 -- Decisão e vontade Poder governante em a natureza do homem MCP2 685 1 A vontade é o poder que governa a natureza do homem, pondo todas as outras faculdades sob sua direção. A vontade não é gosto nem a inclinação, mas o poder que decide, o qual opera nos filhos dos homens para obediência a Deus, ou para a desobediência. -- Testimonies for the Church 5:513 (1889); Mensagens aos Jovens, 151. Tudo depende de sua reta ação MCP2 685 2 O tentado necessita compreender a verdadeira força de vontade. É este o poder que governa a natureza do homem -- o poder de decisão, de escolha. Tudo depende da devida ação da vontade. Os desejos em direção da bondade e da pureza, são em si mesmos justos; mas, se aí ficamos, nada aproveitam. Muitos descerão à ruína, enquanto esperam e desejam vencer suas más propensões. Eles não entregam a vontade a Deus. Não escolhem servi-Lo. -- A Ciência do Bom Viver, 176 (1905). A mola de todas as ações MCP2 685 3 Mas deveis lembrar-vos de que vossa vontade é a fonte de todas as vossas ações. Esta vontade, que constitui tão importante fator no caráter do homem, foi, pela queda, entregue ao domínio de Satanás; e desde então ele tem estado operando no homem o querer e o perfazer segundo a sua vontade, mas para inteira ruína e miséria humanas. MCP2 686 1 O infinito sacrifício de Deus, porém, em dar Jesus, Seu amado Filho, para Se tornar um sacrifício pelo pecado, habilita-O a dizer, sem violar um princípio de Seu governo: "Submete-te a Mim; dá-Me tua vontade; tira-a do domínio de Satanás, e dela Me apoderarei; então posso operar em ti o querer e o perfazer segundo a Minha boa vontade." Quando Ele vos dá a mente de Cristo, vossa vontade se torna como a Sua vontade, e vosso caráter se transforma para ser semelhante ao caráter de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:515 (1889); Mensagens aos Jovens, 153, 154. A vontade do homem é agressiva MCP2 686 2 A vontade do homem é agressiva, e se esforça sempre para dobrar tudo a seus desígnios. Caso ela esteja aliciada para o lado de Deus e do direito, os frutos do Espírito aparecerão na vida; e Deus tem designado glória, honra e paz a todo homem que obra o que é bom. -- The Review and Herald, 25 de Agosto de 1896; Nossa Alta Vocação, 151. A impossibilidade está em nossa vontade MCP2 686 3 Toda a nossa vida pertence a Deus e tem de ser usada para Sua glória. Sua graça consagrará e aproveitará cada faculdade. Que ninguém diga: Eu não posso remediar meus defeitos de caráter; pois, se chegardes a essa conclusão, por certo deixareis de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em vossa própria vontade. Se não quiserdes, então não podereis vencer. A real dificuldade provém da corrupção de corações não santificados, e na relutância por submeter-se ao controle de Deus. -- The Youth's Instructor, 28 de Janeiro de 1897. Grande calmante dos nervos MCP2 686 4 A mente e os nervos adquirem vigor e resistência pelo exercício da vontade. A força de vontade demonstrar-se-á em muitos casos poderoso calmante para os nervos. -- Testimonies for the Church 1:387 (1863); Testemunhos Selectos 1:136. Satanás serve-se da vontade MCP2 686 5 Quando se permite a Satanás moldar a vontade, ele a empregará para realizar seus fins. ... Suscitará as más propensões, despertando paixões e ambições profanas. Diz: "Todo este poder, estas honras e riquezas e prazeres pecaminosos, eu tos darei"; suas condições, porém, são que seja entregue a integridade, embotada a consciência. Assim degrada ele as faculdades humanas, levando-as ao cativeiro do pecado. -- The Review and Herald, 25 de Agosto de 1896; Nossa Alta Vocação, 151. A tentação prova ao máximo nossa força de vontade MCP2 687 1 É nosso privilégio, como filhos de Deus, reter firme a profissão de nossa fé, sem vacilar. Por vezes o empolgante poder da tentação parece provar ao máximo nossa força de vontade, e parece que exercer fé é de todo contrário a todas as evidências dos sentidos ou da emoção. Nossa vontade, porém, precisa conservar-se ao lado de Deus. Precisamos crer que em Jesus Cristo há perpétua resistência e eficiência. ... Hora a hora precisamos manter triunfantemente nossa posição em Deus, fortes em Sua força. -- Carta 42, 1890; Nossa Alta Vocação, 122. A educação das crianças é diferente de treinar mudos animais MCP2 687 2 A educação da criança, em casa e na escola, não deve ser como o ensino dos mudos animais; pois as crianças têm vontade inteligente, a qual deve ser dirigida de maneira a reger todas as suas faculdades. Os mudos animais devem ser exercitados, pois não possuem razão nem inteligência. À mente humana, porém, deve ser ensinado o domínio próprio. Ela deve ser educada a fim de governar o ser humano, ao passo que os animais são governados por um dono, e exercitados a ser-lhe submissos. O dono serve de mente, juízo e vontade para o animal. -- Testimonies for the Church 3:132 (1872); Testemunhos Selectos 1:316. A vontade deve ser dirigida, não quebrada MCP2 687 3 Uma criança pode ser ensinada de maneira a, como o animal, não ter vontade própria. Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, estar sujeita à de seu mestre. As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos; não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi chamada a expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar, e a sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam exercitadas e levadas de um a outro grau de vigor, de modo que a mente atinja as devidas proporções. -- Testimonies for the Church 3:132 (1872); Testemunhos Selectos 1:316. Resguardar toda a força de vontade MCP2 688 1 A ação de "quebrar a vontade" é contrária aos princípios de Cristo. A vontade da criança deve ser dirigida e guiada. Poupai toda a força de vontade, pois que o ser humano necessita de toda ela; mas dai-lhe a devida direção. Tratai-a com sabedoria e ternura, como um tesouro sagrado. Não a despedaceis; antes, mediante preceito e verdadeiro exemplo, moldai-a até que a criança chegue aos anos em que será responsável por si mesma. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 116 (1913), [no inglês]. O professor não deve ser ditatorial MCP2 688 2 Os que são egoístas, rabugentos, ditatoriais, ásperos e rudes, que não consideram cuidadosamente os sentimentos alheios, nunca devem ser empregados como professores. Terão sobre os estudantes uma influência desastrosa, moldando-os segundo seu próprio caráter, perpetuando assim o mal. Pessoas desse caráter se empenharão em quebrar a vontade de um menino, se ele for insubordinado; Cristo, porém, não autorizou essa maneira de tratar com os que erram. Mediante sabedoria celestial, mediante mansidão e humildade de coração, os professores se tornarão capazes de dirigir a vontade e guiá-la no caminho da obediência; que ninguém, porém, imagine que, pela ameaça, possa ser conseguida a afeição do estudante. Temos que trabalhar como Cristo trabalhou. -- Testimonies on Sabbath School Work, 80, 81 (1900). A vontade dividida é uma cilada MCP2 688 3 Todo jovem precisa cultivar a decisão. O estado dividido da vontade é uma cilada, e será a ruína de muitos jovens. Sede firmes, do contrário sereis deixados com vossa casa, ou caráter, construída sobre alicerce arenoso. Há os que têm a desdita de estar sempre do lado do erro, quando o Senhor quereria que fossem homens fiéis, capazes de distinguir o bem do mal. -- Manuscrito 121, 1898. Dois elementos do caráter MCP2 689 1 A fortaleza do caráter consiste em duas coisas -- força de vontade, e domínio de si mesmo. Muito jovem confunde paixão forte, desenfreada, com fortaleza de caráter; o fato, porém, é que aquele que é dominado pelas paixões é um homem fraco. A genuína grandeza e nobreza do homem, mede-se pela força dos sentimentos que ele subjuga, não pela dos que o dominam. O homem mais forte é aquele que, embora sensível aos maus tratos, ainda refreia a paixão e perdoa aos inimigos. Tais homens são verdadeiros heróis. -- Testimonies for the Church 4:656 (1881); Testemunhos Selectos 1:602. A vontade unida à força divina MCP2 689 2 Podereis tornar-vos homens de responsabilidade e influência se, pelo poder de vossa vontade, unido à força divina, vos empenhardes fervorosamente no trabalho. Exercitai as faculdades mentais, e em caso algum negligencieis as físicas. Não deixeis que a preguiça intelectual feche vossa vereda para maior conhecimento. Aprendei a refletir, assim como a estudar, a fim de que vossa mente se expanda, fortaleça e desenvolva. Nunca penseis que tendes aprendido bastante e que podeis agora afrouxar vossos esforços. A mente cultivada é a medida do homem. Vossa educação deve continuar por toda a vossa vida; cada dia deveis estar aprendendo e pondo em uso prático o conhecimento adquirido. -- Testimonies for the Church 4:561 (1881); Testemunhos Selectos 1:581. O reto exercício da vontade resiste a doença MCP2 689 3 Foi-me mostrado que muitos que são aparentemente fracos e estão sempre se queixando, não estão tão mal como imaginam estar. Alguns deles têm uma poderosa vontade que, exercida na devida direção, seria um eficaz meio de controlar a imaginação, resistindo assim à doença. Mas muito frequentemente se dá o caso de ser a vontade exercida numa direção errada, recusando-se obstinadamente a ceder à razão. Essa vontade liquidou a questão; inválidos eles são, e a atenção devida a inválidos receberão eles independentemente do juízo dos outros. -- Testimonies for the Church 2:524 (1870); Conselhos Sobre Saúde, 96. Um fator no trato da doença MCP2 690 1 O poder da vontade não é estimado como devia ser. Permaneça a vontade desperta e devidamente dirigida, e ela comunicará energia a todo o ser, sendo maravilhoso auxiliar na manutenção da saúde. Também é uma potência no tratar a doença. ... MCP2 690 2 Pelo exercício da força de vontade no se colocar na justa relação para com a existência, o enfermo muito pode fazer para cooperar com os esforços médicos em favor de seu restabelecimento. Há milhares que, se quiserem, poderão recuperar a saúde. O Senhor não quer que estejam doentes. Deseja que sejam sãos e contentes, e devem assentar a mente no sentido de ficar bons. MCP2 690 3 Muitas vezes os inválidos podem resistir à doença, simplesmente recusando entregar-se às moléstias e deixar-se ficar num estado de inatividade. Erguendo-se acima de suas dores e incômodos, empenhem-se em ocupação útil, adequada a suas forças. Por tal ocupação e o livre uso do ar e da luz do sol, muito enfraquecido inválido haveria de recuperar a saúde e as forças. -- A Ciência do Bom Viver, 246 (1905). Prometida a melhoria da saúde MCP2 690 4 Os hábitos e práticas maus estão trazendo sobre os homens enfermidades de todas as espécies. Que o entendimento seja convencido por meio da educação quanto à pecaminosidade de abusar das energias concedidas por Deus e degradá-las. Torne-se entendida a mente, e a vontade se coloque ao lado do Senhor, e haverá uma melhora maravilhosa de saúde física. MCP2 690 5 Isto, porém, jamais pode ser efetuado pelo mero esforço humano. Juntamente com vigorosos esforços mediante a graça de Cristo para a renúncia de todas as más práticas e associações e para a observância da temperança em todas as coisas, deve haver uma permanente convicção de que o arrependimento pelo passado bem como o perdão, devem ser buscados de Deus mediante o sacrifício expiatório de Cristo. Essas coisas devem fazer parte da experiência diária; deve haver estrita vigilância e persistentes rogos para que Cristo traga em cativeiro, para Si mesmo, a todo pensamento; Seu poder restaurador deve ser comunicado à alma para que, como seres responsáveis, possamos apresentar a Deus o nosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, que é o nosso culto racional. -- Medical Ministry, Novembro-Dezembro de 1892; Conselhos Sobre Saúde, 504, 505. Narcóticos e a vontade MCP2 691 1 Alguns há que usam narcóticos, e por condescendência estão encorajando maus hábitos que estão alcançando um poder controlador sobre a vontade, os pensamentos, e o homem todo. -- Carta 14, 1885. Ensinar o poder da força de vontade MCP2 691 2 A força de vontade e a importância do domínio próprio, tanto na preservação como na reaquisição da saúde; o efeito deprimente e mesmo ruinoso da ira, descontentamento, egoísmo, impureza; e de outro lado, o maravilhoso poder vivificante que se encontra em um bom ânimo, altruísmo, gratidão -- também devem ser apresentados. -- Educação, 197 (1903). O Espírito Santo não substitui a força de vontade MCP2 691 3 O Espírito de Deus não Se propõe a fazer nossa parte, nem no querer nem no fazer. Esta é a obra do agente humano, em cooperação com os agentes divinos. Logo que inclinemos nossa vontade a harmonizar-se com a vontade de Deus, a graça de Cristo Se apresenta para cooperar com o agente humano; não será, porém, substituto para fazer nosso trabalho independentemente de nossa resolução e nossa decidida ação. Portanto, não é a abundância de luz, e de evidência em cima de evidência, o que converterá a alma; é unicamente o agente humano aceitando a luz, despertando as energias da vontade, compreendendo e reconhecendo aquilo que ele sabe ser justiça e verdade, e assim cooperando com os serviços celestiais designados por Deus para a salvação da alma. -- Carta 135, 1898. Em segurança só quando unida ao divino MCP2 692 1 A vontade do homem só está em segurança quando unida à vontade de Deus. -- Carta 22, 1896; Nossa Alta Vocação, 102. A vontade humana confundindo-se com a divina MCP2 692 2 Neste conflito da justiça com a injustiça, só podemos ser bem-sucedidos mediante o auxílio divino. Nossa vontade finita precisa ser submetida à vontade do Infinito; a vontade humana precisa confundir-se com a divina. Isto trará em nosso auxílio o Espírito Santo; e toda vitória tenderá à recuperação da comprada possessão de Deus, à restauração de Sua imagem na alma. -- The Review and Herald, 25 de Agosto de 1896; Nossa Alta Vocação, 151. A conversão não cria novas faculdades MCP2 692 3 O Espírito de Deus não cria faculdades novas no homem convertido, mas opera decidida mudança no emprego dessas faculdades. Quando mente, alma e coração se transformam, não é dada ao homem nova consciência, mas sua vontade é submetida a uma consciência renovada, cujas sensibilidades adormecidas são despertadas pela operação do Espírito Santo. -- Carta 44, 1899; Nossa Alta Vocação, 102. Satanás domina a vontade que não está sob o controle de Deus MCP2 692 4 Cristo declarou: "Eu desci do Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou." João 6:38. Sua vontade foi ativamente exercida para salvar a alma dos homens. Sua vontade humana era nutrida pela divina. Seus servos hoje fariam bem em perguntar-se a si mesmos: "Que espécie de vontade estou eu, individualmente, cultivando? Tenho eu estado a satisfazer os próprios desejos, confirmando-me no egoísmo e na obstinação?" Se assim fazemos, achamo-nos em grande perigo, pois Satanás governará sempre a vontade que não está sob o domínio do Espírito de Deus. Quando pomos a vontade em harmonia com a de Deus, a santa obediência que foi exemplificada na vida de Cristo se mostrará em nossa vida. -- Manuscrito 48, 1899; Nossa Alta Vocação, 105. A vontade deve ser dirigida por uma consciência pura MCP2 693 1 A paz interior, e uma consciência livre de ofensa para com Deus revificará e revigorará o intelecto, como o orvalho destilado sobre as tenras plantas. A vontade é então dirigida e controlada devidamente, e é mais decidida, e todavia livre da perversidade. -- Testimonies for the Church 2:327 (1869). A vontade determina a vida ou a morte MCP2 693 2 Unicamente a eternidade pode revelar o glorioso destino a que o homem, restaurado à imagem de Deus, pode atingir. Para podermos alcançar esse elevado ideal, o que leva a alma a tropeçar precisa ser sacrificado. É mediante a vontade que o pecado retém seu domínio sobre nós. A entrega da vontade é representada como arrancar o olho ou cortar a mão. Afigura-se-nos muitas vezes que, sujeitar a vontade a Deus é o mesmo que consentir em atravessar a vida mutilado ou aleijado. MCP2 693 3 Deus é a fonte da vida, e só podemos ter vida ao nos acharmos em comunhão com Ele. ... Se vos apegais ao eu, recusando entregar a Deus vossa vontade, estais preferindo a morte. ... MCP2 693 4 Exigirá um sacrifício o entregar-se a Deus; é, porém, um sacrifício do inferior pelo mais elevado, do terreno pelo espiritual, do perecível pelo eterno. Não é o desígnio de Deus que nossa vontade seja destruída; pois é unicamente mediante o exercício da mesma que nos é possível efetuar aquilo que Ele quer que façamos. Nossa vontade deve ser sujeita à Sua a fim de que a tornemos a receber purificada e refinada, e tão ligada em correspondência com o Divino, que Ele possa, por nosso intermédio, derramar as torrentes de Seu amor e poder. -- O Maior Discurso de Cristo, 61, 62 (1896). Para compreender a verdadeira força de vontade (conselho a um jovem instável) MCP2 693 5 Estarás em constante perigo, até que compreendas a verdadeira força de vontade. Poderás crer e prometer todas as coisas, mas tuas promessas ou tua fé não terão nenhum valor enquanto não puseres tua vontade do lado da fé e da ação. Se combateres o combate da fé com toda a tua força de vontade, vencerás. Teus sentimentos, tuas impressões, tuas emoções não merecem confiança, pois não são seguros. -- Testimonies for the Church 5:513 (1889). Podeis controlar a vontade MCP2 694 1 Mas não precisais desesperar. ... Compete-vos ceder vossa vontade à vontade de Jesus Cristo, e isto fazendo, Deus imediatamente toma posse e efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Vossa natureza toda será então posta sob o controle do Espírito de Cristo, e mesmo vossos pensamentos Lhe serão submissos. MCP2 694 2 Não podeis controlar vossos impulsos, vossas emoções, tal qual o desejaríeis; podeis, porém, controlar a vontade, e podeis operar uma inteira mudança em vossa vida. Entregando a Cristo vossa vontade, vossa vida será escondida com Cristo em Deus, e aliada ao poder que está acima de todo principado e potestade. Tereis, provinda de Deus, força que vos prenderá a Sua força; e uma nova luz, a própria luz da viva fé, ser-vos-á possível. Mas vossa vontade terá de cooperar com a vontade de Deus. -- Testimonies for the Church 5:513, 514 (1889). O elo que liga à energia divina MCP2 694 3 Somos cooperadores de Deus. Esta é a sábia provisão do próprio Senhor. A cooperação da vontade e esforço humanos com a energia divina é o elo que liga os homens uns aos outros e a Deus. Diz o apóstolo: "De Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós." 1 Coríntios 3:9. Deve o homem trabalhar com os meios que Deus lhe deu. "Operai a vossa salvação com temor e tremor", diz Ele, "porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. -- Manuscrito 113, 1898. MCP2 694 4 Quando a vontade é posta do lado do Senhor, o Espírito Santo toma essa vontade e a unifica com a vontade divina. -- Carta 44, 1899. ------------------------Capítulo 77 -- Pseudociência A causa de Deus e a ciência MCP2 697 1 O saber humano tanto das coisas materiais como das espirituais é parcial e imperfeito; portanto, muitos são incapazes de harmonizar com as declarações das Escrituras suas opiniões sobre a ciência. Muitos aceitam meras teorias e especulações como fatos científicos e julgam que a Palavra de Deus deve ser provada pelos ensinos da "falsamente chamada ciência". 1 Timóteo 6:20. O Criador e Suas obras estão além de sua compreensão; e, por não poderem explicar isto pelas leis naturais, a história bíblica é considerada indigna de confiança. Os que duvidam da fidedignidade dos relatos do Velho e Novo Testamentos, muito amiúde vão um passo além, pondo em dúvida a existência de Deus e atribuindo à Natureza o poder infinito. Tendo perdido sua âncora, são deixados a chocar-se contra as rochas da incredulidade. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 522 (1911). Necessita-se mais do que ciência mundana MCP2 697 2 Dirijamo-nos à Palavra de Deus em busca de guia. Procuremos um "Assim diz o Senhor". Temos tido bastante de métodos humanos. A mente educada apenas na ciência mundana, deixará de compreender as coisas de Deus; mas a mesma mente, convertida e santificada, verá o poder divino na Palavra. Unicamente a mente e o coração purificados pela santificação do Espírito podem discernir as coisas celestiais. -- Obreiros Evangélicos, 310 (1915). Satanás usa a ciência da mente MCP2 698 1 Foi-me mostrado que temos de ser guardados de todos os lados e perseverantemente resistir às insinuações e estratagemas de Satanás. Ele se transforma em anjo de luz e está enganando milhares, levando-os cativos. As vantagens que ele aproveita da ciência da mente humana é tremenda. Aqui, qual serpente, ele imperceptivelmente se introduz para corromper a obra de Deus. Os milagres e obras de Cristo ele quer fazer aparecer como resultado da habilidade e poder humanos. MCP2 698 2 Se fizesse um aberto e ousado ataque ao cristianismo, isto poria os cristãos em apuros e angústia aos pés de seu Redentor, e o forte e poderoso libertador poria em fuga o ousado adversário. Ele, portanto, transforma-se em anjo de luz e atua sobre a mente, para afastar do único caminho seguro e justo. As ciências da frenologia, psicologia e mesmerismo são os condutos pelos quais ele chega mais diretamente a esta geração e atua com esse poder que deve caracterizar em seus esforços próximo do fim do tempo de graça. -- Testimonies for the Church 1:290 (1862). Satanás conhece bem as propriedades da mente MCP2 698 3 Por milhares de anos Satanás tem estado a fazer experiências com as propriedades da mente humana, e aprendeu a conhecê-la bem. Por suas sutis atuações nestes últimos dias, está ele vinculando a mente humana com a sua própria, imbuindo-a de seus pensamentos; e está fazendo esta obra de maneira tão enganadora que os que lhe aceitam a guia não sabem que estão sendo guiados por ele, a seu bel-prazer. O grande enganador espera assim confundir a mente dos homens e mulheres de modo que coisa alguma senão a sua voz seja ouvida. -- Carta 244, 1907; Medicina e Salvação, 111. Propostas novas teorias MCP2 699 1 A luz da verdade, que Deus designa que seja levada ao povo do mundo neste tempo, não é aquela que os homens letrados do mundo procuram comunicar, pois esses homens, em suas pesquisas muitas vezes chegam a conclusões erradas, e em seu estudo de muitos autores, tornam-se entusiasmados com teorias que são de origem satânica. Satanás, trajando as vestes de um anjo de luz, apresenta ao estudo da mente humana assuntos que parecem muito interessantes e são repletos de mistério científico. Na investigação desses assuntos, os homens são levados a aceitar conclusões errôneas e a unir-se a espíritos sedutores na obra de propor novas teorias que afastam da verdade. -- Testimonies for the Church 9:67, 68 (1909). Aquilo que contradiz a palavra de Deus são conjecturas MCP2 699 2 Aquele que tem conhecimento de Deus e de Sua Palavra tem consumada fé na divindade das Santas Escrituras. Ele não testa a Bíblia pelas idéias científicas do homem. Ele traz essas idéias ao teste da norma infalível. Sabe que a Palavra de Deus é verdade, e a verdade jamais pode contradizer-se; seja o que for que, nos ensinamentos da chamada ciência, contradiga a verdade da revelação divina, é mera conjetura humana. -- Testimonies for the Church 8:325 (1904). Contrafação da verdade MCP2 699 3 Há apenas dois grupos. Satanás opera com o seu poder enganador e errado, e mediante grandes enganos apanha todos os que não se firmam na verdade, os que tiverem desviado os ouvidos de ouvi-las, e se têm voltado para as fábulas. Satanás mesmo não se firmou na verdade; ele é o mistério da iniqüidade. Pela sua subtileza dá ele aos seus erros destruidores da alma a aparência de verdade. Nisto está o seu poder de enganar. MCP2 699 4 É por ser uma imitação da verdade que o espiritismo, a teosofia e enganos semelhantes alcançam tanto poder sobre a mente dos homens. Nisto consiste a magistral operação de Satanás. Pretende ele ser o salvador do homem, o benfeitor da humanidade, e assim mais prontamente engana suas vítimas atraindo-as para a perdição. -- Special Testimonies, Série A, 9:22, 24 de Novembro de 1897; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 365. O poder feiticeiro de Satanás MCP2 700 1 Os mágicos dos tempos pagãos têm seu correspondente nos médiuns espiritistas, nos videntes e nos cartomantes de hoje. As vozes misteriosas que falaram em En-Dor e em Éfeso ainda estão por suas palavras mentirosas desviando os filhos dos homens. Se fosse erguido o véu que está diante de nossos olhos, veríamos anjos maus empregando todas as suas artes para enganar e destruir. Onde quer que uma influência esteja afastando de Deus os homens, ali está Satanás exercendo seu poder de feitiçaria. Quando os homens se rendem a sua influência, antes de darem conta, a mente está desviada e a alma poluída. Devia ser ouvida pelo povo de Deus hoje, a admoestação do apóstolo à igreja de Éfeso: "E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as." Efésios 5:11. -- Atos dos Apóstolos, 290 (1911). Aventurando-se no terreno de Satanás MCP2 700 2 Temos de manter-nos bem perto da Palavra de Deus. Precisamos de suas advertências e animação, suas ameaças e promessas. Precisamos do perfeito exemplo, só encontrado na vida e caráter de nosso Salvador. Anjos de Deus preservarão o Seu povo enquanto palmilham o caminho do dever; não há, porém, certeza dessa proteção aos que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás. MCP2 700 3 Um agente do grande enganador dirá e fará tudo para alcançar seu objetivo. Pouco importa que ele se denomine espiritualista ou médico especializado em "eletromagnetismo". Mediante capciosas pretensões ele granjeia a confiança dos desprevenidos. Pretende saber ler a história da vida e compreender todas as dificuldades e aflições dos que a ele recorrem. MCP2 700 4 Disfarçando-se como anjo de luz, enquanto tem no coração a negridão do abismo, manifesta ele grande interesse nas mulheres que buscam o seu conselho. Diz-lhes que todas as suas dificuldades são devidas ao casamento infeliz. Isto pode ser muito verdadeiro, mas semelhante conselho não lhes melhora a situação. Diz-lhes que precisam de amor e simpatia. Pretendendo grande interesse em seu bem-estar, ele lança um fascínio sobre suas insuspeitosas vítimas, fascinando-as tal qual a serpente fascina a tremente ave. Logo estão completamente em seu poder, e o pecado, a desgraça e a ruína são a terrível seqüela. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 116 (1890). "Forças latentes" da mente MCP2 701 1 Os apóstolos de quase todas as formas de espiritismo sustentam possuir poder para curar. Eles atribuem este poder à eletricidade, ao magnetismo, aos assim chamados "remédios de simpatia", ou a forças latentes contidas na mente do homem. E não são poucos, mesmo neste século cristão, os que vão a esses curadores, em vez de confiar no poder do Deus vivo e na habilidade de médicos bem qualificados. MCP2 701 2 A mãe, vigiando junto ao leito de seu filhinho enfermo, exclama: "Nada mais posso fazer. Não há médico que tenha poder para restaurar meu filho?" Falam-lhe das maravilhosas curas realizadas por algum curandeiro clarividente ou magnetizador, e ela lhe confia o ente querido, colocando-o nas mãos de Satanás tão verdadeiramente como se ele estivesse ao seu lado. Em muitos casos a vida futura da criança é controlada por um poder satânico que parece impossível quebrar. -- Profetas e Reis, 211 (1917); ver Testimonies for the Church 5:193; Evangelismo, 609. As correntes elétricas de Satanás MCP2 701 3 Instrumentos satânicos pretendem curar a doença. Atribuem seu poder à eletricidade, ao magnetismo, ou aos chamados "remédios de simpatia" ao passo que, na verdade, são nada mais que veículos das correntes elétricas de Satanás. Por estes meios, lançam seu encantamento sobre corpos e almas de homens. -- The Signs of the Times, 24 de Março de 1887; Evangelismo, 609. Seguindo a vontade de Deus, ou: o ganho e a própria vida MCP2 701 4 Os que se entregam à feitiçaria de Satanás podem gabar-se de grande benefício recebido por esse meio, mas prova isso que seu procedimento seja prudente e seguro? Que seria se a vida fosse prolongada? Que seria, se fosse assegurado o ganho temporal? Em última análise, valerá a pena desprezar a vontade de Deus? Todo esse ganho aparente se demonstrará afinal uma irrevogável perda. Não podemos, impunemente, derribar uma única barreira que Deus erigiu para resguardar do poder de Satanás a Seu povo. -- Testimonies for the Church 5:199 (1882). A curiosidade fascina MCP2 702 1 Lado a lado com a pregação do evangelho, acham-se a operar forças que não são senão médiuns de espíritos de mentira. Muito homem se intromete com elas por mera curiosidade, mas vendo demonstrações de forças sobre-humanas, é fascinado a ir sempre mais adiante, até que fica dominado por uma vontade mais forte que a sua própria. Não lhe pode escapar ao misterioso poder. MCP2 702 2 São derribadas as defesas da alma. Ele não tem barreira contra o pecado. Uma vez que as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito são rejeitadas, homem algum pode saber a que profundezas de degradação é capaz de imergir. -- O Desejado de Todas as Nações, 258 (1898). Ciência e revelação MCP2 702 3 Para muitos, as pesquisas científicas se tornaram uma desgraça. Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, em descobertas científicas e artísticas; mas mesmo os maiores espíritos, se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, desencaminhar-se-ão em suas tentativas de investigar as relações entre a Ciência e a Revelação. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 522 (1911). Cristo poderia ter aberto a porta da ciência MCP2 702 4 Disse-me certa vez um pastor que ele não podia deixar de pensar que Cristo tinha que ter algum conhecimento científico. Em que estaria a pensar esse pastor? Ciência! Cristo poderia ter aberto porta após porta de ciência. Poderia ter revelado aos homens tesouros de ciência, com os quais se banqueteassem até ao tempo presente. Mas sabendo que esse conhecimento seria apropriado para usos profanos, Ele não abriu a porta. -- Manuscrito 105, 1901; Medicina e Salvação, 116. Escuras horas de prova virão a todos, como parte de sua educação MCP2 703 1 Aquela noite no barco foi para os discípulos uma escola em que deviam receber sua educação para a grande obra que devia ser feita posteriormente. As horas sombrias da prova hão de vir a cada um como parte de sua educação para uma obra mais elevada, para esforço mais dedicado, mais consagrado. A tempestade não foi mandada aos discípulos para que naufragassem, mas para experimentá-los e prová-los, individualmente. ... MCP2 703 2 O tempo para nossa educação logo terá passado. Não temos tempo a perder andando entre nuvens de dúvida e incerteza. ... Podemos estar bem achegados a Jesus. Ninguém ... se furte a uma lição penosa nem perca a bênção de uma árdua disciplina. -- Carta 13, 1892; Nossa Alta Vocação, 54. ------------------------Capítulo 78 -- Mente controlando mente Instrumentos que podem levar cativa a mente MCP2 704 1 Corrupções de toda sorte, semelhantes às que prevaleciam entre os antediluvianos, serão introduzidas para levar cativas as mentes. A exaltação da Natureza como se fosse Deus, a irrestrita licenciosidade da vontade humana, o conselho dos ímpios -- a estes Satanás usa como instrumentos para realizar certos fins. Empregará o poder da mente sobre a mente para alcançar seus desígnios. De todos o mais lamentável pensamento é que, sob sua enganosa influência os homens terão uma aparência de piedade sem que tenham uma real ligação com Deus. Como Adão e Eva, que comeram do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, muitos, mesmo agora, se estão alimentando com os ilusórios bocados do erro. -- Testimonies for the Church 8:293, 294 (1904). Perigosa ciência MCP2 704 2 Falei distintamente acerca da perigosa ciência que autoriza que uma pessoa entregue a mente ao controle de outro. Esta ciência é propriedade de Satanás. -- Carta 130a, 1901. A influência mental no tratamento dos doentes MCP2 704 3 No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a moléstia. MCP2 705 1 Uma forma de cura mental existe, entretanto, que é um dos mais eficazes meios para o mal. Mediante essa chamada ciência, a mente de uns é submetida ao domínio de uma outra, de modo que a individualidade do mais fraco imerge na do espírito mais forte. Uma pessoa executa a vontade de outra. Pretende-se assim poder mudar o curso dos pensamentos, comunicar os impulsos promovedores de saúde, e habilitar o doente a resistir e vencer a moléstia. MCP2 705 2 Este método de cura tem sido empregado por pessoas que ignoravam sua natureza e tendências reais, e que acreditavam ser ele um modo de beneficiar os doentes. Mas a chamada ciência baseia-se em falsos princípios. É estranha à natureza e princípios de Cristo. Ela não conduz Àquele que atrai as mentes para si, leva-as a separar-se da verdadeira Fonte de sua força. MCP2 705 3 Não é desígnio de Deus que nenhuma criatura humana submeta a mente e a vontade ao domínio de outra, tornando-se um instrumento passivo em suas mãos. Ninguém deve fundir sua individualidade na de outrem. Não deve considerar nenhum ser humano como fonte de cura. Sua confiança deve estar em Deus. Na dignidade da varonilidade que lhe foi dada pelo Senhor, deve ser por ele próprio dirigido, e não por nenhuma inteligência humana. MCP2 705 4 Deus deseja pôr os homens em direta relação com Ele. Em todo o Seu trato com as criaturas reconhece o princípio da responsabilidade individual. Busca estimular o senso da dependência pessoal, e impressioná-los com a necessidade de direção própria, isto é, individual. Deseja pôr o humano em ligação com o divino, a fim de que os homens sejam transformados à divina semelhança. Satanás trabalha para impedir este desígnio. Procura fomentar a confiança nos homens. Quando a mente é desviada de Deus, o tentador a pode colocar sob seu domínio. Pode controlar a humanidade. -- A Ciência do Bom Viver, 241-243 (1905). Alívio temporário, mas a mente permanentemente danificada MCP2 706 1 Não se deve permitir que nenhum indivíduo assuma o controle da mente de outra pessoa, pensando que, em assim fazendo, está contribuindo para que ela receba grande benefício. A cura mental é um dos enganos mais perigosos que podem ser exercidos em qualquer indivíduo. Poderá ser sentido alívio temporário, mas a mente da pessoa assim controlada jamais será tão forte e segura. Podemos ser tão fracos como o era a mulher que tocou a orla do manto de Cristo; contudo, se usarmos a oportunidade que Deus nos dá de vir a Ele com fé, Ele responderá tão prontamente como fez àquele toque da fé. MCP2 706 2 Não é desígnio de Deus que qualquer ser humano entregue sua mente a outro ser humano. O Cristo ressurgido, que está agora sentado no trono à direita do Pai, é o Poderoso Restaurador. Suplicai-Lhe o poder restaurador. Somente por meio dEle podem os pecadores ir a Deus como estão. Jamais podem eles ir por meio de qualquer mente humana. O instrumento humano jamais deve interpor-se entre os instrumentos celestiais e os que estão sofrendo. -- Manuscrito 105, 1901; Medicina e Salvação, 115, 116. Olhar ao divino, em vez de ao humano MCP2 706 3 Existe alguma coisa melhor a fazermos do que dominar a humanidade pela humanidade. O médico deve educar o povo a volver o olhar do humano para o divino. Em lugar de ensinar o enfermo a confiar em criaturas humanas quanto à cura da alma e do corpo, deve dirigi-lo Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem, sabe o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar. Aqueles que se acham doentes da mente e do corpo, têm de ver em Cristo o restaurador. "Porque Eu vivo", diz Ele, "vós vivereis." MCP2 706 4 Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele cooperarem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando por essa maneira lhes apresentamos a Cristo, estamos transmitindo um poder e uma força de valor, porquanto vem de cima. Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma. -- A Ciência do Bom Viver, 243, 244 (1905). Força e firmeza, em contraste com a mente dominada MCP2 707 1 A disciplina de um ser humano que haja atingido os anos da inteligência, deve diferir do ensino de um animal irracional. A este apenas se ensina a submissão a seu dono. Para o irracional, o dono serve de mente, juízo e vontade. Este método, algumas vezes empregado no ensino das crianças, faz delas pouco mais que autômatos. O espírito, a vontade, a consciência, acham-se sob o governo de outro. MCP2 707 2 Não é propósito de Deus que espírito algum seja dessa maneira dominado. Os que enfraquecem ou destroem a individualidade, assumem uma responsabilidade de que apenas podem resultar males. Enquanto sob a autoridade, as crianças podem assemelhar-se a soldados bem disciplinados; faltando, porém, esse governo, notar-se-á a falta de força e firmeza no caráter. Não tendo nunca aprendido a governar-se, os jovens não admitem restrições a não ser as exigências dos pais ou professor. Removidas estas, não sabem como fazer uso de sua liberdade, e com freqüência se entregam a condescendências que vêm a ser a sua ruína. -- Educação, 288 (1903). Consciência e individualidade desimpedidas MCP2 707 3 Em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre. Ninguém deve controlar o espírito de outro, julgar por outro, ou prescrever-lhe o dever. Deus dá a toda alma liberdade de pensar, e seguir suas próprias convicções. "Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus." Romanos 14:12. Ninguém tem direito de imergir sua individualidade na de outro. Em tudo quanto envolve princípios, "cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo". Verso 5. No reino de Cristo não há nenhuma orgulhosa opressão, nenhuma obrigatoriedade de costumes. Os anjos do Céu não vêm à Terra para mandar e exigir homenagens, mas como mensageiros da misericórdia, a fim de cooperar com os homens em erguer a humanidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 550, 551 (1898). MCP2 708 1 As mentes humanas não devem ser impedidas e sujeitas a freio tomado por mãos humanas. -- Manuscrito 43, 1895. A individualidade deve ser exercida MCP2 708 2 Deus permite que cada pessoa exerça sua individualidade. Nenhuma mente humana deve imergir em outra mente humana. ... Para nós, o imitarmos o exemplo de qualquer homem -- mesmo uma pessoa que, em nosso juízo, julguemos quase perfeita em caráter -- seria pôr a confiança num ser humano imperfeito, defeituoso, incapaz de comunicar um jota ou um til de perfeição a qualquer outro ser humano. -- Carta 20, 1902; Nossa Alta Vocação, 108. Unidade sem identidade submersa MCP2 708 3 Devemos agora unificar-nos. ... Lembremo-nos, porém, de que a unidade cristã não quer dizer que a identidade de uma pessoa deva submergir-se na de outra, tampouco quer dizer que a mente de um deva ser guiada e controlada pela mente de outro. Deus não deu a homem algum o poder que alguns, por palavra e atos, procuram reclamar. Deus requer que todo homem siga as direções da Palavra. -- Testimonies for the Church 8:212 (1904). Lealdade a Deus, e lealdade aos homens MCP2 708 4 Pertenceis a Deus, alma, corpo e espírito. Vossa mente pertence a Deus, e vossos talentos igualmente Lhe pertencem. Ninguém tem o direito de controlar a mente de outro e julgar por outro, prescrevendo-lhe o dever. Há certos direitos que pertencem a todo indivíduo, ao prestar serviço a Deus. Nenhum homem tem mais liberdade de arrebatar-nos esses direitos, do que teria de tirar a própria vida. Deus nos deu a liberdade de pensar, e é privilégio nosso seguir nossas impressões quanto ao dever. Somos apenas seres humanos, e o ser humano não tem jurisdição sobre a consciência de outro ser humano. ... Cada um de nós tem uma individualidade e identidade que não pode ser submetida a nenhum outro ser humano. Somos individualmente feitura de Deus. -- Carta 92, 1895. Os ministros devem dirigir a Deus os paroquianos MCP2 709 1 Deus, somente, deve ser o guia da consciência do homem. A verdade deve ser pregada onde quer que ela encontre uma abertura. A Palavra de Deus deve ser explanada aos que não conhecem a verdade. É esta a obra dos ministros de Deus. Não devem ensinar os homens a volver os olhos para eles, ou procurar controlar as consciências alheias. "Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos." Tiago 1:5-8. -- Carta 26, 1907. Fazer da carne o nosso braço MCP2 709 2 Somos inclinados a procurar junto de nossos semelhantes simpatia e ânimo, em vez de os procurar em Jesus. Em Sua misericórdia e fidelidade, Deus permite muitas vezes que falhem aqueles em quem depositamos confiança, a fim de que possamos compreender quanto é insensato confiar nos homens e apoiar-nos na carne. Confiemos inteira, humilde e desinteressadamente em Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 486 (1905). Satanás controla a mente que controla outra MCP2 709 3 Defender a ciência de curar pelo poder de uma mente sobre outra é abrir a porta pela qual Satanás entrará para tomar posse da mente e do coração. Satanás domina tanto a mente que se entrega para ser controlada por outra, como a que a controla. Que Deus nos ajude a compreender a verdadeira ciência de edificar sobre Cristo, nosso Salvador e Redentor. -- Carta 130, 1901; Nossa Alta Vocação, 107. Satanás não pode tocar na mente que não se lhe submete MCP2 710 1 Os interesses mais vitais para vós individualmente, estão em vossa própria guarda. Ninguém os poderá prejudicar sem vosso consentimento. Todas as legiões satânicas não vos poderão causar dano a menos que venhais a abrir a alma às artes e setas de Satanás. Vossa ruína jamais poderá ter lugar enquanto vossa vontade não consentir. Caso não haja corrupção em vossa mente, toda contaminação ambiente não vos pode manchar ou corromper. -- Carta 14, 1885; Nossa Alta Vocação, 94. MCP2 710 2 Satanás não pode tocar na mente ou no intelecto a menos que cedamos a ele. -- Manuscrito 17, 1893; The S.D.A. Bible Commentary 6:1105. Não a fé possuída por Jesus MCP2 710 3 A aceitação da verdade de origem celestial leva a mente em sujeição a Cristo. Então a saúde da alma, que provém de receber e seguir os puros princípios se revela nas palavras e obras de justiça. A fé que leva a isso não é a fé que crê em a mente controlar a mente até que uma pessoa executa a vontade de outra. Os membros da igreja que têm confiança nessa ciência podem ser chamados sãos na fé, mas não é a fé possuída por Jesus Cristo. Existe uma fé na obra que Satanás está fazendo. Ele apresenta erros gigantescos, e pelos milagres que opera, engana a muitos. Esta obra ele fará mais e mais. A igreja sadia compõe-se de sadios membros, de homens e mulheres que têm uma experiência pessoal na verdadeira piedade. -- Carta 130, 1901. ------------------------Capítulo 79 -- Hipnotismo e seus perigos Precisamos guardar-nos MCP2 711 1 Nestes dias em que tantas vezes o ceticismo e a descrença se apresentam com roupagens científicas, precisamos guardar-nos de todo lado. Por esse meio nosso grande adversário está enganando a milhares, e levando-os cativos segundo a sua vontade. Tremenda é a vantagem que ele tira das ciências -- ciências relativas à mente humana. Aí ele, à semelhança da serpente, insinua-se imperceptivelmente para corromper a obra de Deus. MCP2 711 2 Essa penetração de Satanás mediante as ciências é bem planejada. Por meio da frenologia, da psicologia e do mesmerismo, ele vem mais diretamente ao povo desta geração, e opera com aquele poder que lhe deve caracterizar os esforços, perto do encerramento do tempo de graça. A mente de milhares tem sido assim envenenada, e conduzida à descrença. MCP2 711 3 Enquanto se crê que uma mente humana afeta tão maravilhosamente outra, Satanás, que está pronto a aproveitar-se de toda vantagem, insinua-se e atua à direita e à esquerda. E ao passo que os que são devotados a essas ciências louvam-nas até às nuvens por causa das grandes e boas obras que afirmam serem operadas por elas, mal sabem eles que poder para o mal estão nutrindo; é, no entanto, um poder que ainda operará com todos os sinais e prodígios de mentira -- com todo o engano da injustiça. Notai a influência dessas ciências, querido leitor, pois o conflito entre Cristo e Satanás ainda não terminou. ... MCP2 712 1 A negligência da oração leva os homens a confiar em sua própria força, e abre a porta à tentação. Em muitos casos a imaginação é cativada por pesquisas científicas, e os homens se lisonjeiam mediante a consciência de suas próprias faculdades.. As ciências que tratam da mente humana são muito exaltadas. Elas são boas em seu devido lugar, mas Satanás delas se apodera como poderosos instrumentos seus para enganar e destruir as almas. Suas artes são aceitas como vindas do Céu, e ele recebe assim o culto que lhe convém. O mundo, que se julga ser tão beneficiado pela frenologia e o magnetismo animal, nunca foi tão corrupto como agora. Por meio dessas ciências é destruída a virtude, e são lançadas as bases do espiritismo. -- The Signs of the Times, 6 de Novembro de 1884; Mensagens Escolhidas 2:351-353. O controle da mente originou-se em Satanás MCP2 712 2 A teoria de uma mente reger outra, teve origem em Satanás, a fim de se introduzir como o obreiro principal, para pôr a filosofia humana onde se devia encontrar a divina. De todos os erros que estão encontrando aceitação entre cristãos professos, não há engano mais perigoso, nenhum mais de molde a separar infalivelmente o homem de Deus, do que esse. Por inocente que pareça, ao ser exercido sobre os pacientes, tende para sua destruição, a não para seu restabelecimento. Abre uma porta através da qual Satanás entrará para tomar posse, tanto da mente que se entrega ao domínio de outra, como do que a domina. -- A Ciência do Bom Viver, 243 (1905). Satanás hipnotizou Adão e Eva MCP2 713 1 Satanás tentou o primeiro Adão no Éden, e Adão arrazoou com o inimigo, dando-lhe assim a vantagem. Satanás exerceu seu poder de hipnotismo sobre Adão e Eva, e esse poder esforçou-se por exercer sobre Cristo. Mas depois de citada a palavra da Escritura, Satanás sabia que não tinha chance de triunfar. -- Carta 159, 1903; The S.D.A. Bible Commentary 5:1081. Não brincar com o hipnotismo MCP2 713 2 Os homens e as mulheres não devem estudar a ciência de como tomar cativa a mente dos que com eles se associam. Essa é a ciência ensinada por Satanás. Devemos resistir a tudo dessa espécie. Não devemos brincar com o mesmerismo e hipnotismo -- a ciência daquele que perdeu seu primeiro estado e foi expulso das cortes celestes. -- Manuscrito 86, 1905; Medicina e Salvação, 110, 111. Advertência a um médico que favorecia a hipnose MCP2 713 3 Estou tão preocupada com o teu caso, que devo continuar a te escrever, pois, em tua cegueira não vês onde precisas reformar-te. Fui informada de que estás entretendo idéias com as quais Deus te proibiu tratar. Eu as considero uma espécie de cura mental. Julgas que podes usar essa cura mental como médico, em teu trabalho profissional. Em tons de séria advertência, foram proferidas as palavras: Cuidado, cuidado quanto ao lugar onde pões os pés e tua mente é levada. Deus não te designou essa obra. A teoria de uma mente controlar outra mente tem sua origem em Satanás, a fim de introduzir-se como o obreiro-chefe, pondo a filosofia humana onde deveria estar a filosofia divina. MCP2 713 4 Nenhum homem ou mulher deve exercer sua vontade para controlar os sentidos ou a razão de outro, de modo que a mente da pessoa se torne passivamente sujeita à vontade daquele que exerce o controle. Esta ciência pode parecer algo muito lindo, mas é uma ciência que de modo algum deves praticar. ... Há coisa melhor em que te empenhes do que o controle da natureza humana sobre a natureza humana. MCP2 714 1 Levanto o sinal de perigo. A única segura e verdadeira cura mental envolve muito. O médico tem de educar o povo a olhar do humano para o divino. Aquele que criou a mente humana sabe precisamente o que a mente precisa. -- Carta 121, 1901; Medicina e Salvação, 111, 112. Afigura-se útil, maravilhoso MCP2 714 2 Ao adotar a ciência que começaste a advogar, estás ministrando uma educação que não é segura, nem para ti nem para aqueles que ensinas. É perigoso impregnar as mentes com a ciência da cura mental. MCP2 714 3 Esta ciência te pode parecer muito valiosa, mas tanto para ti como para os outros é uma falácia preparada por Satanás. É o encantamento da serpente, cuja picada é para morte espiritual. Acoberta muita coisa que parece maravilhosa, mas é estranha à natureza e ao espírito de Cristo. Esta ciência não conduz Àquele que é vida e salvação. ... MCP2 714 4 No início de minha obra tive de contender com a ciência da cura mental. Eu era mandada de um lugar para outro para mostrar a falsidade dessa ciência, à qual muitos estavam aderindo. O início da cura mental deu-se muito inocentemente -- para aliviar a tensão mental dos inválidos nervosos. Mas, oh! quão tristes foram os resultados! Deus mandou-me de lugar em lugar para reprovar tudo que pertencesse a essa ciência. -- Carta 121, 1901; Medicina e Salvação, 112, 113. Tende à destruição, não à restauração MCP2 714 5 Quero falar-te claro. Começaste um trabalho que não tem lugar na obra de um médico cristão e que não deve ter lugar nenhum em nossas instituições de saúde. Inocente como possa parecer, essa cura mental, se exercida em pacientes, acabará sendo para sua destruição, não para sua restauração. Segundo Timóteo 3 descreve pessoas que aceitam o erro, como o de que uma mente pode exercer completo controle sobre outra mente. Deus proíbe semelhante coisa. A cura mental é uma das maiores ciências de Satanás, e é importante que nossos médicos conheçam claramente o caráter real dessa ciência; pois por ela grandes tentações lhes sobrevirão. A essa ciência não se deve permitir uma partícula de espaço em nossas casas de saúde. MCP2 715 1 Deus não proveu um raio de luz ou animação para nossos médicos assumirem a obra de fazer que uma mente tenha completo controle sobre outra, de modo que um execute a vontade de outro. Aprendamos os meios e propósitos de Deus. Não deixes que o inimigo alcance a menor vantagem sobre ti. Não deixes que ele te leve à ousadia de empenhar-te em controlar outra mente até que se torne uma máquina em tuas mãos. Esta é a ciência da operação de Satanás. -- Carta 121, 1901; Medicina e Salvação, 113, 114. Livrai-vos do hipnotismo (segunda mensagem de advertência ao médico que estava empregando métodos hipnóticos) MCP2 715 2 Irmão e irmã N, rogo-vos em nome do Senhor que vos lembreis que, a menos que se mudem vossos sentimentos relativamente à ciência da cura da mente, a menos que ambos compreendais que vos encontrais em decidida necessidade de que vossa mente seja convertida e transformada, sereis pedras de tropeço -- lamentáveis espetáculos aos anjos e aos homens. MCP2 715 3 A verdade não tem tido senão pequena influência sobre vós. É perigoso para quem quer que seja, não importa quão bom homem seja ele, esforçar-se por influenciar outra mente humana para ficar sob o controle de sua própria mente. Permiti-me dizer-vos que a cura mental é uma ciência satânica. Já fostes bastante longe nisso para pôr seriamente em risco vossa experiência futura. Desde o princípio de sua entrada em vossa mente até agora, tem sido uma excrescência demasiado daninha. A menos que possais ver que Satanás é a mente-mestra que inventou esta ciência, não será tão fácil como supondes separar-vos dela, raiz e ramo. Toda a filosofia dessa ciência é uma obra-prima de engano satânico. Por amor de vossa alma, libertai-vos de tudo que seja dessa espécie. Toda vez que pondes na mente de outra pessoa idéias quanto a esta ciência, para adquirirdes domínio de sua mente, encontrais-vos em terreno de Satanás, cooperando decididamente com ele. Por amor de vossa alma, rompei com esse laço do inimigo. -- Carta 20, 1902; Mensagens Escolhidas 2:349, 350. Deus proíbe o aprendizado ou ensino da hipnose MCP2 716 1 Nenhum de vós deve estudar a ciência em que tendes estado interessados. Estudá-la é apanhar o fruto da árvore da ciência do bem e do mal. Deus vos livre, a vós e a qualquer outro mortal de aprender ou ensinar tal ciência. O fato de estardes tendo qualquer contato com essa ciência, só por si seria suficiente para vos mostrar, irmão N, a incoerência de serdes o diretor médico do sanatório. ... MCP2 716 2 Lidando com a ciência da cura da mente, tendes estado a comer da árvore da ciência do bem e do mal, na qual Deus vos proibiu tocar. É mais que tempo de começardes a olhar a Jesus, e, pela contemplação de Seu caráter, transformar-vos à semelhança divina. MCP2 716 3 Separai de vós tudo quanto tenha sabor de hipnotismo, a ciência pela qual os instrumentos satânicos operam. -- Carta 20, 1902; Mensagens Escolhidas 2:350. Satanás tem grande poder (mais conselho ao médico e esposa) MCP2 716 4 Lembrai-vos de que Satanás desceu com grande poder para tomar posse das mentes e mantê-las cativas ao seu domínio. Nenhum de vós pode fazer qualquer coisa aceitável a Deus, a menos que sigais ao Salvador, que diz: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Mateus 16:24. Em todas as coisas, Cristo é nosso exemplo. -- Carta 20, 1902. Ciência pejada de perigo MCP2 716 5 Não pedimos que vos coloqueis sob o controle da mente de quem quer que seja. A cura mental é a mais terrível ciência que jamais foi advogada. Todo e qualquer ser ímpio pode usá-la em promover seus próprios maus desígnios. Não temos nada que ver com qualquer dessas ciências. Devemos ter-lhe medo. Nunca devem seus rudimentares princípios ser adotados em qualquer instituição. -- Manuscrito 105, 1901; Medicina e Salvação, 116. Aproveitando-se da fraqueza MCP2 717 1 Terrível é o poder assim entregue a homens e mulheres de má imaginação. Que oportunidade proporciona isto aos que vivem de se aproveitar das fraquezas e tolices dos outros! Quantos, por meio do poder exercido sobre mentes fracas ou enfermas, encontrarão meio de satisfazer cobiçosas paixões ou ganâncias de lucro! -- A Ciência do Bom Viver, 243 (1905). Conselho acerca da publicação de livros que tratam do hipnotismo MCP2 717 2 Hão de seus gerentes [da Review and Herald Publishing Association] ser agentes de Satanás mediante a publicação de livros que tratam de assunto de hipnotismo? Há de essa lepra ser introduzida no escritório?... MCP2 717 3 Satanás e seus instrumentos têm estado e estão trabalhando diligentemente. Dará Deus Sua bênção às casas publicadoras se elas aceitarem os enganos do inimigo? Hão de as instituições que têm sido conservadas perante o povo como santas ao Senhor, se tornar escolas em que os obreiros comam do fruto da proibida árvore da ciência? Animaremos Satanás em sua insidiosa entrada na cidadela da verdade para depositar sua ciência infernal, como ele fez no Éden? São os homens que se encontram no centro da obra homens incapazes de distinguir entre a verdade e o erro? São eles homens que não podem ver as terríveis conseqüências de prestar influência ao erro? Caso ganhásseis milhões de dólares por trabalho dessa espécie, que valor teria esse lucro quando comparado com a terrível perda em que se incorre por dar publicidade às mentiras de Satanás? -- Carta 140, 1901; Mensagens Escolhidas 2:350, 351. Erro mortal MCP2 718 1 Instrumentos satânicos estão revestindo teorias falsas em roupagem atraente, tal qual Satanás, no Jardim do Éden disfarçou sua identidade diante de nossos primeiros pais, falando por intermédio da serpente. Esses instrumentos estão instilando em mentes humanas aquilo que em realidade é erro mortífero. A influência hipnótica de Satanás repousará sobre os que se volvem da clara palavra de Deus para fábulas agradáveis. -- Testimonies for the Church 8:294 (1904). O perigo da investigação MCP2 718 2 Alcançamos os perigos dos últimos dias, quando alguns, sim, muitos "apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios". Sê cauteloso quanto àquilo que lês como ouves. Não dês uma partícula de interesse a teorias espíritas. Satanás está aguardando oportunidade de insinuar-se no espírito de todo aquele que se permite ser enganado por seu hipnotismo. Ele começa a exercer poder sobre eles assim que comecem a investigar-lhe as teorias. -- Carta 123, 1904; Medicina e Salvação, 101, 102. Não proclameis as teorias de Satanás MCP2 718 3 Foi-me mostrado que não devemos entrar em controvérsia sobre essas teorias espíritas, porque essa controvérsia tão-somente confundirá as mentes. Essas coisas não devem ser apresentadas em nossas reuniões. Não devemos afadigar-nos para refutá-las. Se nossos ministros e professores se entregarem ao estudo dessas teorias errôneas, alguns abandonarão a fé, dando ouvido a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Não é tarefa do ministro evangélico proclamar teorias de Satanás. Ide perseverantemente para diante, edificando as antigas ruínas e levantando os fundamentos de muitas gerações. Apresentai a verdade, a sagrada, santificadora verdade, e deixai às moscas as sedutoras teorias do inimigo. Não lhe deis terreno sobre o qual semear as sementes dessas teorias. Fui advertida a que não entrasse em debates sobre esses assuntos. Que nossos ministros ou professores não emprestem os lábios à repetição dos sofismas do inimigo. -- Carta 175, 1904. Ministros e médicos atraídos para a cilada MCP2 719 1 Há doutores e ministros que foram influenciados pelo hipnotismo praticado pelo pai da mentira. Malgrado as advertências dadas, os sofismas de Satanás estão sendo aceitos hoje, justamente como foram aceitos nas cortes celestes. A ciência pela qual nossos primeiros pais foram enganados está iludindo pessoas hoje. Ministros e médicos estão sendo atraídos para a cilada. -- Manuscrito 100, 1905. O passado, em novos moldes MCP2 719 2 A experiência do passado há de repetir-se. No futuro, as superstições de Satanás assumirão novas formas. Erros serão apresentados de maneira agradável e lisonjeira. Falsas teorias, revestidas de trajos de luz, apresentar-se-ão ao povo de Deus. Assim procurará Satanás enganar, se possível, até os escolhidos. As mais sedutoras influências serão exercidas; mentes serão hipnotizadas. -- Testimonies for the Church 8:293 (1904); Testemunhos Selectos 3:271. Experiência da autora, com o hipnotismo MCP2 719 3 Espalhou-se ao redor [em 1845] que as visões eram resultado de mesmerismo, e muitos adventistas [remanescentes dos adventistas que não haviam aceito o sábado do sétimo dia] mostraram-se prontos para espalhar essa versão. Um médico que era afamado mesmerista disse-me que minhas visões eram mesmerismo, e que eu era uma paciente muito fácil, podendo ele magnetizar-me e dar-me uma visão. MCP2 719 4 Eu lhe disse que o Senhor me havia mostrado em visão que o mesmerismo era de origem diabólica, dos insondáveis abismos, e que logo estaria ali com os que continuassem a praticá-lo. MCP2 719 5 Dei-lhe então liberdade de magnetizar-me, se pudesse fazê-lo. Ele tentou-o por mais de meia hora, recorrendo a diferentes operações, e então desistiu. Pela fé em Deus pude resistir a sua influência, de maneira que em nada isto me afetou. -- Primeiros Escritos, 21 (1882). Magnetismo espiritual MCP2 720 1 Em New Hampshire [1848] tivemos que lutar com uma espécie de magnetismo espiritual, de espécie semelhante ao mesmerismo. Foi nossa primeira experiência dessa espécie. -- Lar sem Sombras, 79 (1915). Ninguém deve ser instrumento passivo MCP2 720 2 Não é desígnio de Deus que nenhuma criatura submeta a mente e a vontade ao domínio de outra, tornando-se um instrumento passivo em suas mãos. -- A Ciência do Bom Viver, 242 (1905). Deve ser livre de encantamento humano MCP2 720 3 A cura da mente deve ser livre de todo o encantamento humano. Não deve rastejar entre os homens mas alçar vôo para o espiritual, apoiando-se no que é eterno. -- Carta 120, 1901; Medicina e Salvação, 110. ------------------------Capítulo 80 -- Ciência satânica da exaltação própria Perigo da teoria do poder humano inerente MCP2 722 1 Se Satanás pode de tal modo empanar e enganar a mente humana que leve os mortais a pensar que haja em si mesmos um poder inerente para realizar grandes e benéficas obras, eles deixam de confiar em que Deus faça por eles aquilo que eles acreditam ter em si mesmos poder para efetuar. Não reconhecem um poder superior. Não dão a Deus a glória que Ele reivindica, e que é devida a Sua grande e eminente majestade. É assim alcançado o objetivo de Satanás, e ele exulta porque os caídos homens presunçosamente se exaltam. -- Testimonies for the Church 1:294 (1862). O homem sua própria norma de caráter MCP2 722 2 Como a Eva no Éden, Satanás hoje seduz os homens pela lisonja, despertando-lhes o desejo de obter conhecimento proibido, tornando-os ambiciosos de exaltação própria. Foi o acariciar esses males que lhe ocasionou a queda, e por meio deles visa conseguir a ruína dos homens. "Sereis como Deus", declara ele, "sabendo o bem e o mal." Gênesis 3:5. O espiritismo ensina "que o homem é criatura susceptível de progresso; que é seu destino progredir, desde o nascimento, até à eternidade, em direção à Divindade". E ainda: "Cada espírito julgará a si mesmo, e não a outro." "O juízo será correto, porque é o juízo de si mesmo. ... O tribunal está dentro de vós." Disse um ensinador espírita, ao despertar-se nele a "consciência espiritual": "Meus semelhantes foram todos eles semideuses não caídos." E outro declara: "Todo ser justo e perfeito é Cristo." MCP2 723 1 Assim, em lugar da justiça e perfeição do Deus infinito, verdadeiro objeto de adoração; em lugar da justiça perfeita de Sua lei, a verdadeira norma da perfeição humana, pôs Satanás a natureza pecaminosa, falível do próprio homem, como único objeto de adoração, a única regra para o juízo, ou norma de caráter. Isto é progresso, não para cima, mas para baixo. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 554, 555 (1911). Não encontrado nos ensinos de Cristo MCP2 723 2 Minha atenção foi dirigida a este texto, como se aplicando especialmente ao espiritismo moderno: Colossences 2:8: "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs subtilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo."... MCP2 723 3 "Vãs subtilezas" enchem a mente dos pobres mortais. Pensam que há em si mesmos tal poder para realizarem grandes obras, que não sentem nenhuma necessidade de um poder superior. Seus princípios e sua fé são "segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". MCP2 723 4 Jesus não lhes ensinou tal filosofia. Coisa alguma dessa espécie se pode encontrar em Seus ensinos. Ele não encaminhou a mente dos pobres mortais para si mesmos, a um poder possuído por eles próprios. Estava sempre a dirigir-lhes o espírito para Deus, o Criador do Universo, como fonte de sua força e sabedoria. Especial advertência é feita no versículo 18: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchados na sua carnal compreensão." -- Testimonies for the Church 1:297 (1862); Testemunhos Selectos 1:95. A responsabilidade é individual MCP2 724 1 [Satanás] tem destruído e está a destruir milhares por meio da satisfação das paixões, embrutecendo assim toda a natureza do homem. E, para completar sua obra, declara por meio dos espíritos que "o verdadeiro conhecimento coloca o homem acima de toda a lei"; que "tudo está certo"; que "Deus não condena"; e que "todos os pecados que se cometem, são inocentes." MCP2 724 2 Sendo o povo assim levado a crer que o desejo é a mais elevada lei, que a liberdade é a libertinagem, e que o homem é apenas responsável a si mesmo, quem poderá maravilhar-se de que a corrupção e a depravação prolifere por toda parte? Multidões aceitam avidamente os ensinos que as deixam em liberdade para obedecer aos impulsos do coração carnal. As rédeas do domínio próprio são dirigidas pela concupiscência, as faculdades do espírito e da alma são submetidas às inclinações animais e Satanás arrasta exultantemente para a sua rede milhares que professam ser seguidores de Cristo. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 555, 556 (1911). Lúcifer desejava o poder de Deus, não o seu caráter MCP2 724 3 Lúcifer desejava o poder de Deus, mas não o Seu caráter. Buscava para si mesmo o mais alto lugar, e toda criatura que é movida por seu espírito fará o mesmo. Assim serão inevitáveis a separação, a discórdia e a contenda. O domínio torna-se o prêmio do mais forte. O reino de Satanás é um reino de força; todo indivíduo considera todos os outros como obstáculo no caminho de seu próprio progresso, ou um degrau sobre o qual pode subir para chegar a uma posição mais elevada. -- O Desejado de Todas as Nações, 435, 436 (1898). A obstinação afasta o auxílio divino MCP2 724 4 Quando Deus mandou Moisés a Faraó, este teve esclarecimento, mas resistiu, e cada resistência produziu uma obstinação maior. Teria Deus lhe imposto um poder que lhe impedisse volver-se para a luz? Não, foi a indiferença para com a evidência. A obstinação de Faraó foi devida a não aceitar ele a luz que brilhava. -- Manuscrito 15, 1894. Obstinação e escrúpulos de consciência (reflexões acerca de um homem teimoso, iludido) MCP2 725 1 Lendo as cartas que te mandei de Oakland, terás uma idéia da teimosia do homem, e sua determinação de agir a bel-prazer, seguindo sua própria vontade. Ele não tem seguido os conselhos do Senhor, antes tem considerado seguro andar entre as labaredas de seu próprio fogo. Ele fará toda e qualquer coisa para ser um servo da causa, mas não quer fazer a própria coisa que o Senhor indicou ser certo ele cumprir. Se ele se tornar traidor, como o fez _____, ele sem dúvida o fará sob a alegação de estar seguindo a consciência. MCP2 725 2 Essa pretensão de conscienciosidade tem sido bastante testada e provada. Eu falo com entendimento quando te digo que tenho pouca confiança em seus escrúpulos de consciência. Existe a boa consciência e a má consciência, e esse homem está por completo enganado consigo mesmo. Sob esse engano ele fará muita coisa por conta própria, a qual não estará em harmonia com o Espírito de Deus. Contudo ele ficará imóvel qual rocha aos conselhos ou a qualquer procedimento exceto o ditado pela sua própria vontade. -- Carta 48, 1892. Temível poder do engano próprio MCP2 725 3 Estar sem as graças do Espírito de Deus é na verdade de lamentar; é, porém, uma condição mais terrível ainda, estar destituído de espiritualidade e de Cristo e todavia justificar-se dizendo aos que se acham alarmados por nossa causa, que não precisamos de seus temores e piedade. Terrível é o poder do engano próprio na mente humana! Que cegueira -- tomar a luz por trevas e as trevas por luz! A Testemunha verdadeira aconselha-nos a comprar dEle ouro provado no fogo, vestes brancas e colírio. O ouro aqui recomendado como tendo sido provado pelo fogo, é a fé e o amor. Ele enriquece o coração, pois foi purgado até se tornar puro, e quanto mais for testado tanto mais brilhante será o seu lustro. -- Testimonies for the Church 4:88 (1876). O poder de Satanás sobre os que se exaltam MCP2 725 4 Como é vão o auxílio do homem quando o poder de Satanás é exercido sobre o ser humano que se exaltou a si mesmo e que não sabe que está participando da ciência de Satanás! Levado pela confiança própria ele caminha direto para a armadilha do inimigo e fica preso. Ele não deu ouvido às advertências recebidas e foi apanhado como presa de Satanás. Se ele tivesse andado humildemente com Deus, teria corrido ao lugar de encontro que Deus lhe provera. Assim, em tempos de perigo ele estaria seguro, pois Deus lhe teria erguido um pavilhão contra o inimigo. -- Carta 126, 1906. Levados ao suicídio MCP2 726 1 O mundo, que age como se não houvesse Deus, absorto em empreendimentos egoístas, cedo sofrerá repentina destruição, e não escapará. Muitos continuam na descuidada satisfação própria, até que se tornam tão cansados da vida, que se suicidam. MCP2 726 2 Danças e pagodeiras, bebedices e o vício de fumar, a satisfação das paixões animalescas, tudo leva os homens como bois que são levados ao matadouro. Satanás opera com toda a sua arte e com seus enganos, para manter os homens marchando, como cegos, para a frente, até que o Senhor Se erga de Seu lugar, para castigar os habitantes da Terra, por causa de suas iniqüidades, quando a Terra exporá seu sangue e não mais enterrará os seus mortos. O mundo inteiro parece estar em marcha para a morte. -- Manuscrito 139, 1903; Evangelismo, 26. O próprio eu vivo a cada toque MCP2 726 3 Que vitória alcançareis quando aprenderdes a seguir as providências abertas por Deus, de coração agradecido e resolvidos a viver tendo em vista a Sua glória, na doença ou na saúde, em abundância ou necessidade! O próprio eu está vivo e estremecendo a todo toque. O próprio eu tem de ser crucificado antes de poderdes vencer em nome de Jesus e receber o galardão dos fiéis. -- Testimonies for the Church 4:221 (1876). O pecado mais incurável MCP2 726 4 Deus não pode unir-Se aos que, colocando-se em primeiro lugar, vivem para agradar a si mesmos. Os que assim procedem, no fim hão de ser os últimos de todos. O pecado que mais se aproxima de ser desesperançadamente incurável é o orgulho da opinião própria e o egoísmo. Isso impede todo o crescimento. Quando o homem tem defeitos de caráter, e não obstante deixa de reconhecê-los; quando está tão possuído de presunção que não vê a sua falta, como pode então ser purificado? "Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes." Mateus 9:12. Como pode alguém aperfeiçoar-se, se já se considera perfeito? -- Testimonies for the Church 7:199, 200 (1902); Testemunhos Selectos 3:183, 184. É importante a humilhação do próprio eu MCP2 727 1 Os que pensam poder receber a bênção de Deus nesta reunião [um concílio no Michigan] sem humilhar o próprio eu, retornarão justamente como foram. Terão tantas perplexidades como tinham antes. Mas, irmãos e irmãs, não podemos correr esse risco. Humilhemos o coração diante de Deus. Permitamos a Cristo ungir-nos os olhos com o colírio celestial, para que vejamos. Não há necessidade de sermos cegos; precisamos ver tudo distintamente. Não há necessidade de estar marchando um dia rumo de Canaã, e no dia seguinte de volta para o Egito, e no próximo dia para Canaã e então voltar de novo para o Egito. Dia a dia devemos marchar perseverantemente para diante. Faz-me doer o coração, sou possuída de mais intensa tristeza, ao pensar nas preciosas bênçãos que estamos perdendo por estar tão distantes da luz. -- Manuscrito 56, 1904. Conhecimento de si próprio induz à humildade MCP2 727 2 O verdadeiro conhecimento de si próprio, induz a uma humildade que abrirá o caminho para que o Senhor desenvolva o espírito, molde e discipline o caráter. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 419 (1913), [no inglês]. Mais distanciados do orgulho e da exaltação própria MCP2 727 3 "Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou." 1 João 2:6. "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle." Romanos 8:9. Essa conformidade com Jesus não deixará de ser observada pelo mundo. É assunto notado e comentado. Pode o cristão não estar consciente da grande mudança, pois quanto mais de perto ele se assemelhar a Cristo no caráter, tanto mais humilde será sua opinião acerca de si mesmo; mas será vista e sentida por todos ao redor. MCP2 728 1 Os que tiverem tido a mais profunda experiência nas coisas de Deus, são os que mais distantes se acham removidos do orgulho ou exaltação própria. Têm os mais humildes pensamentos a respeito de si mesmos e os mais exaltados conceitos da glória e excelência de Cristo. Sentem que o mais humilde lugar em Seu serviço é honroso demais para eles. -- Testimonies for the Church 5:223 (1882). Há segurança em lembrar a fraqueza MCP2 728 2 Os homens são testados e provados não só perante os seres humanos, mas perante o universo celeste. A menos que temam e tremam por si mesmos, a menos que reconheçam sua própria fraqueza e se lembrem das faltas passadas, empenhando-se em guardar-se de as repetir, cometerão os mesmos erros que foram seguidos de resultados que eles não podem correr o risco de sofrer segunda vez. -- Manuscrito 43, 1898. A auto-conquista, tarefa vitalícia MCP2 728 3 Não se podem endireitar os erros, nem operar reformas na conduta mediante alguns fracos e intermitentes esforços. A formação do caráter não é obra de um dia, nem de um ano, mas de uma existência. A luta pela conquista do eu, pela santidade e o Céu, é uma luta que se prolonga por toda a vida. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver progresso na vida divina, nem consecução da coroa da vitória. -- A Ciência do Bom Viver, 452 (1905). A marca do divino MCP2 728 4 Não permitas que o eu cresça a grandes proporções, para que não seja corrompido o homem todo. Um pequeno rombo afundará o navio, e uma só falha rebentará a corrente; assim, pode haver algum traço de caráter hereditário ou cultivado que atuará no coração e evoluirá em palavras que fará um sinal para o mal, o qual nunca se apagará. Todos nós estamos construindo para a eternidade. Que o caráter tenha a marca do divino, em falas puras e nobres, e em atos retos. Então todo o universo do Céu te contemplará, dizendo: Bem está, servo bom e fiel. -- Carta 91, 1899. ------------------------Capítulo 81 -- Terapia mental segura Influência mental usada devidamente MCP2 731 1 No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos eficazes meios de combater a moléstia. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). Conselho a um médico MCP2 731 2 As pobres pessoas enfermas com quem foste levado a ter contato têm carecido mais de tua atenção do que têm recebido. Tens em teu poder encorajá-las a olhar para Jesus e, contemplando-O, ser transformadas em Sua imagem. -- Carta 121, 1901; Medicina e Salvação, 112. Segurança na constante luta contra maus pensamentos MCP2 731 3 Que todo aquele que deseja ser participante da natureza divina aprecie o fato de que ele deve livrar-se da corrupção das paixões que há no mundo. Tem de haver constante, fervorosa luta da alma contra más imaginações da mente. Tem de haver perseverante resistência à tentação ao pecado, em pensamentos ou atos. A alma precisa ser resguardada de toda mancha, mediante a fé nAquele que é capaz de guardar-nos de cair. MCP2 732 1 Devemos meditar nas Escrituras, pensando sóbria e sinceramente nas coisas que pertencem a nossa salvação eterna. A misericórdia e o amor infinitos de Jesus, o sacrifício feito em nosso favor, pedem a mais séria e solene reflexão. Devemos deter-nos sobre o caráter de nosso querido Redentor e intercessor. Cumpre-nos buscar compreender o significado do plano da salvação. Meditar acerca da missão dAquele que veio salvar Seu povo de seus pecados. MCP2 732 2 Mediante a constante contemplação dos temas celestes, nossa fé e amor mais se robustecerão. Nossas orações serão mais e mais aceitáveis a Deus, porque serão mais e mais impregnadas de fé e amor. Serão mais inteligentes e fervorosas. Haverá mais constante confiança em Jesus, e tereis viva experiência diária na boa vontade e poder de Cristo para salvar perfeitamente todos quantos por Ele se chegam a Deus. -- The Review and Herald, 12 de Junho de 1888; Nossa Alta Vocação, 111. Almas revigoradas pelo contato com o infinito MCP2 732 3 Devemos contemplar a Deus na Natureza -- estudar-Lhe o caráter na obra de Suas mãos. A mente se fortalece ao tomar conhecimento de Deus, lendo Seus atributos nas coisas que Ele fez. Ao contemplarmos a beleza e grandiosidade das obras da Natureza, nossas afeições se expandem para Deus, e embora nossa alma se quede reverente e o espírito submisso, a alma se nos revigora ao entrar em contato com o Infinito mediante Suas maravilhosas obras. A comunhão com Deus mediante a humilde oração desenvolve e fortalece as faculdades mentais e morais, e os poderes espirituais aumentam graças ao cultivo de pensamentos em coisas espirituais. -- The Youth's Instructor, 14 de Julho de 1833. Guardar as avenidas da alma MCP2 732 4 O apóstolo procurou ensinar aos crentes quão importante é guardar a mente de vagar por temas proibidos, ou de gastar sua energia em assuntos triviais. Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem esquivar-se de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem permitir que a mente se demore ao acaso em cada assunto que o inimigo das almas possa sugerir. MCP2 733 1 O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra maneira os males externos despertarão os internos, e a alma vagará em trevas. -- Atos dos Apóstolos, 518 (1911). Efeitos da atmosfera pessoal MCP2 733 2 A influência dos pensamentos e ações de todo homem circunda-o qual uma atmosfera invisível, que é inconscientemente absorvida por todos aqueles que entram em contato com ele. Essa atmosfera é freqüentemente carregada de influências tóxicas, e inaladas estas, a degeneração moral é o seguro resultado. -- Testimonies for the Church 5:111 (1882). Circundado por uma atmosfera de luz e de paz MCP2 733 3 Cristo tomou todas as providências para que Sua igreja seja um corpo transformado, iluminado pela Luz do mundo, possuindo a glória de Emanuel. É Seu propósito que cada cristão esteja envolto numa atmosfera espiritual de luz e paz. Deseja Ele que revelemos em nossa vida a Sua própria alegria. MCP2 733 4 A habitação do Espírito em nós será manifestada pelo amor celestial que de nós dimanará. A plenitude divina fluirá pelo consagrado agente humano, para ser partilhada com outros. -- Parábolas de Jesus, 419 (1900). Confiar constantemente em Deus MCP2 733 5 Muitos são incapazes de fazer planos definidos para o futuro. Sua vida é incerta. Não podem discernir o termo dos acontecimentos, e isso enche-os por vezes de ansiedade e inquietação. Lembremo-nos de que a vida dos filhos de Deus no mundo é uma vida de peregrinos. Não temos sabedoria suficiente para planejar nossa vida. Não nos compete determinar o futuro. "Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia." Hebreus 11:8. MCP2 734 1 Cristo, em Sua vida sobre a Terra, não fez planos para Si mesmo. Aceitou os planos de Deus a Seu respeito, e dia após dia o Pai lhos fazia conhecer. De tal maneira devemos confiar em Deus, que nossa vida possa ser a simples realização de Sua vontade. Confiando-Lhe nossos caminhos, Ele dirigirá nossos passos. -- A Ciência do Bom Viver, 478, 479 (1905). Valor da terapia ocupacional MCP2 734 2 Foi-me mostrado que se demonstraria de maior benefício à maioria dos pacientes, permitir trabalho leve, e mesmo insistir nisso com eles, do que instar que ficassem inativos e ociosos. Se o poder da vontade for conservado ativo em despertar as faculdades dormentes, isso será o maior auxílio para a restauração da saúde. Removei todo o trabalho desses que por toda a vida foram sobrecarregados, e em nove casos dentre dez a mudança será um dano. MCP2 734 3 Isso se provou no caso de meu esposo. Foi-me mostrado que o exercício físico ao ar livre é muito preferível a fazê-lo dentro de casa; mas se isso não se conseguir, uma atividade leve, dentro de casa, ocuparia e distrairia o espírito e impedi-lo-ia de demorar o pensamento em sintomas e pequenas indisposições, e também preveniria a saudade do lar. -- Testimonies for the Church 1:567, 568 (1867). Bem dirigido exercício físico MCP2 734 4 Quando os inválidos nada têm em que ocupar o tempo e a atenção, seus pensamentos se concentram em si mesmos, e tornam-se mórbidos e irritáveis. Muitas vezes se preocupam com o mal que sentem, a ponto de se julgarem muito pior do que na realidade estão, e inteiramente incapazes de fazer qualquer coisa. MCP2 734 5 Em todos esses casos, o bem orientado serviço físico se demonstraria eficaz remédio. Em alguns casos ele é indispensável à restauração da saúde. A vontade acompanha o trabalho das mãos; e o que esses inválidos precisam é do despertamento da vontade. Quando esta se encontra adormecida, a imaginação torna-se anormal, e é impossível resistir à moléstia. -- A Ciência do Bom Viver, 239 (1905). Confortar a outros, conforta o doador MCP2 735 1 Muitas vezes são solicitadas orações pelos enfermos, os tristes e desanimados, e isto é direito. Devemos rogar que Deus derrame luz na mente obscurecida, e conforte o coração magoado. Mas Deus só atende às orações em favor dos que se colocam no rumo de suas bênçãos. Ao mesmo tempo que pedimos por esses aflitos, devemos estimulá-los a se esforçar por ajudar aos que se acham mais necessitados que eles. Dissipar-se-á a treva de seu próprio coração enquanto buscam auxiliar a outros. Ao buscarmos confortar nosso semelhante com o conforto com que nós mesmos somos confortados, a bênção nos é devolvida. -- A Ciência do Bom Viver, 256 (1905). Repouso e restauração (a autora aconselha seu próprio filho) MCP2 735 2 Tenho uma palavra a te dirigir. Não queres assinar um compromisso de que não continuarás a enfraquecer ou desfigurar o templo do Senhor, trabalhando quando devias estar repousando? Para ter pensamentos apropriados e para falar palavras adequadas, tens de dar repouso ao cérebro. Não tomas bastante tempo para repousar. O cérebro e os nervos cansados se revigorariam se fizesses uma mudança a esse respeito. ... MCP2 735 3 Precisamos estudar quanto a como disciplinar-nos cuidadosamente a nós mesmos, recusando-nos a fazer aquilo que enfraqueceria a força física, mental e moral. Precisas de uma mente clara e paciente, que suporte a tudo que possa surgir. Precisas de uma firme segurança de cima. Exercita a fé, e deixa os resultados com Deus. Tendo feito o melhor que te é possível, tem bom ânimo. Crê, crê e firma-te. O inimigo tentará levar-te a praticar algum ato que signifique derrota, mas não deves correr o risco de proceder a ações incertas. Careces da influência que conseguirás mostrando sabedoria e discrição. -- Carta 121, 1904. Necessário o relaxamento e repouso Foi-me mostrado que os observadores do sábado, como um MCP2 736 4 povo, trabalham muito arduamente, sem se permitir mudança ou períodos de descanso. A recreação é necessária aos que se empenham em trabalho físico, e é ainda mais necessária àqueles cujo trabalho é principalmente mental. Não é necessário a nossa salvação nem para a glória de Deus conservar a mente trabalhando constante e excessivamente, mesmo sobre temas religiosos. MCP2 736 1 Há diversões tais como dançar, jogar cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar, pois que o Céu as condena. Esses divertimentos abrem a porta para grandes males. Não são benéficos em sua tendência, e têm uma influência excitante, produzindo em alguns espíritos uma paixão por esses jogos que levam ao jogo de azar e dissipação. Todos esses jogos devem ser condenados pelos cristãos, e substituídos, por algo perfeitamente inofensivo. -- Testimonies for the Church 1:514 (1867). Confiando em Deus, recusando-nos a desanimar (conselho a um executivo sobrecarregado) MCP2 736 2 O Senhor tem graciosamente poupado tua vida para trabalhares em Suas fileiras. Não deseja Ele que trabalhes por ti mesmo, independente do único poder capaz de trabalhar com êxito para realizar Seus desígnios. Portanto não te irrites, mas confia, olhando para Jesus, Autor e Consumador de tua fé. Não andes apressado demais. Aquilo que podes fazer sem grande sobrecarga a tuas faculdades físicas e mentais, isso faze, mas não julgues que tenhas que assumir tantos cuidados e encargos que não possas manter tua própria alma no amor de Deus. MCP2 736 3 A vinha é do Senhor; a obra, em todas as partículas, é dEle, e quer que trabalhes de modo que tuas faculdades físicas, mentais e morais sejam preservadas. Tem em mente que estás cooperando com instrumentos celestiais. Não permitas que o inimigo tenha a menor participação na firma. Recebe de Deus Suas ordens, e de modo nenhum desanimes porque só possas fazer a obra de um instrumento finito. O Infinito atuará com o Seu poder para te dar eficiência. MCP2 736 4 Não penses que sejas deixado a realizar coisas impossíveis. Não esperes coisas impossíveis por parte de outros. Paulo pode plantar e Apolo regar, mas Deus é que dá o crescimento. Ver 1 Coríntios 3:6. "Em tempos remotos lançaste os fundamentos da Terra; e os céus são obras das Tuas mãos. Eles perecerão, mas Tu permaneces." Salmos 102:25, 26. "Todos eles envelhecerão, qual vestido; também, qual manto, os enrolarás, como vestidos serão igualmente mudados; Tu, porém, és o mesmo e os Teus anos jamais terão fim." Hebreus 1:11, 12. -- Carta 86a, 1893. Necessário o esforço individual MCP2 737 1 As vítimas de maus hábitos devem ser despertadas para a necessidade de fazer esforços por si mesmos. Outros podem desenvolver os mais fervorosos empenhos para erguê-los, a graça de Deus pode-lhes ser abundantemente oferecida, Cristo pode rogar, Seus anjos ministrar; tudo, porém, será em vão, a menos que eles próprios despertem para pelejar o combate em seu favor. ... MCP2 737 2 Sentindo o terrível poder da tentação, o arrastamento do desejo que leva à fraqueza, muito homem brada em desespero: "Não posso resistir ao mal." Dizei-lhe que ele pode, que ele precisa resistir. Poderá haver sido derrotado uma e outra vez, mas não é necessário que seja sempre assim. Ele é fraco em força moral, dominado por hábitos de uma vida de pecado. Suas promessas e resoluções são como cordas de areia. A consciência das promessas não cumpridas e dos votos violados, enfraquece-lhe a confiança na própria sinceridade, fazendo com que ele sinta que Deus não o pode aceitar, nem cooperar com os seus esforços. Não precisa, entretanto, desesperar. -- A Ciência do Bom Viver, 174, 175 (1905). O alvo é importante MCP2 737 3 O êxito em qualquer coisa que empreendamos exige um objetivo definido. Aquele que desejar alcançar o verdadeiro êxito na vida deve conservar firmemente em vista o alvo digno de seus esforços. Tal alvo acha-se posto diante da mocidade de hoje. -- Educação, 262 (1903). A mais alta cultura da mente MCP2 737 4 O conhecimento de Deus é obtido de Sua Palavra. O conhecimento experimental da verdadeira piedade, em diária consagração e serviço a Deus, assegura a mais alta cultura de mente, alma e corpo; e esta consagração a Deus de todas as faculdades, evita a exaltação própria. A comunicação de poder divino honra nossa sincera busca de sabedoria para o consciencioso uso de nossas mais altas faculdades para honra de Deus e bênção dos semelhantes. Como essas faculdades provêm de Deus, e não são de criação particular, devem ser apreciadas como talentos vindos de Deus, para ser empregadas em Seu serviço. -- Manuscrito 16, 1896. Virtudes positivas promovem saúde MCP2 738 1 O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. "O coração alegre [jubiloso] serve de bom remédio." Provérbios 17:22. -- A Ciência do Bom Viver, 241 (1905). ------------------------Capítulo 82 -- Considerações sobre a ciência Informação, poder, bondade e caráter MCP2 739 1 A verdadeira educação não desconhece o valor dos conhecimentos científicos ou aquisições literárias; mas acima da instrução aprecia a capacidade, acima da capacidade a bondade, e acima das aquisições intelectuais o caráter. O mundo não necessita tanto de homens de grande intelecto, como de nobre caráter. Necessita de homens em quem a habilidade é dirigida por princípios firmes. -- Educação, 225 (1903). Deus o autor da ciência MCP2 739 2 Deus é o Autor da ciência. As pesquisas científicas abrem à mente vastos campos de pensamento e informação, habilitando-nos a ver a Deus em Suas obras criadas. MCP2 739 3 A ignorância pode tentar apoiar o ceticismo apelando para a ciência; mas em vez de apoiar o ceticismo, a verdadeira ciência contribui com novas evidências da sabedoria e poder de Deus. Devidamente compreendida, a ciência e a palavra escrita concordam, e cada uma faz incidir luz sobre a outra. Juntas, levam-nos a Deus, ensinando-nos algo das sábias e beneficentes leis por intermédio das quais Ele opera. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 426 (1913), [no inglês]. Religião e ciência MCP2 739 4 O conhecimento verdadeiro é divino. Satanás insinuou na mente de nossos primeiros pais um desejo de possuir um conhecimento especulativo mediante o qual, disse ele, melhorariam em muito sua condição; mas, para isso conseguir, teriam de seguir um procedimento contrário à santa vontade de Deus, pois Ele não os guiaria às maiores alturas. Não era desígnio de Deus que eles obtivessem conhecimento que tinha seus alicerces na desobediência. Era vasto o campo para o qual Satanás procurava levar Adão e Eva, e é o mesmo campo que ele abre ao mundo hoje, por suas tentações. ... MCP2 740 1 A grande razão por que tão poucos dos grandes homens do mundo e dos que têm educação superior são levados a obedecer aos mandamentos de Deus é haverem separado a religião da educação, julgando que cada qual deveria ocupar campo distinto. Deus apresentou um campo bastante amplo para que se aperfeiçoasse o conhecimento de todos os que nele ingressassem. Este conhecimento foi obtido sob supervisão divina; foi vinculado com a imutável lei de Jeová, e o resultado teria sido uma bênção perfeita. -- Testimonies for the Church 5:503 (1889). O poder do silêncio MCP2 740 2 O conhecimento da verdadeira ciência é poder; e é o desígnio de Deus que esse conhecimento seja ensinado em nossas escolas como preparo para a obra que deve preceder as cenas finais da história da Terra. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 19 (1913), [no inglês]. Harmonia entre ciência e religião MCP2 740 3 O colégio de Battle Creek [o primeiro colégio Adventista do Sétimo Dia] foi estabelecido com a finalidade de ensinar as ciências e ao mesmo tempo levar os estudantes ao Salvador, de quem provém todo o conhecimento verdadeiro. A educação adquirida sem a religião bíblica é desvestida de seu verdadeiro brilho e glória. MCP2 740 4 Procurei impressionar os estudantes com o fato de que nossa escola deve assumir uma posição mais elevada do ponto de vista educacional do que qualquer outra instituição de ensino, abrindo diante dos jovens mais nobres pontos de vista, alvos e objetivos na vida, e educando-os no sentido de terem um conhecimento correto do dever humano e dos interesses eternos. O grande objetivo no estabelecimento de nosso colégio era apresentar pontos de vista corretos, mostrando a harmonia existente entre a ciência e a religião bíblica. -- Testimonies for the Church 4:274 (1879). Necessário o conhecimento de ciências MCP2 741 1 Os jovens que desejam entrar no campo como ministros ou colportores, devem primeiro obter razoável grau de preparo mental, bem como ser especialmente exercitados para sua carreira. Os que não foram educados, exercitados, polidos, não se acham preparados para entrar num campo onde as poderosas influências do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco podem enfrentar com êxito as estranhas formas de erros religiosos e filosóficos associados, cuja exposição requer conhecimento de verdades científicas, bem como escriturísticas. -- Obreiros Evangélicos, 81 (1915). A ciência mais importante MCP2 741 2 Ao passo que o conhecimento da ciência é poder, o conhecimento que Jesus veio em pessoa comunicar é poder ainda maior. A ciência da salvação é a mais importante das ciências a ser aprendida na preparatória escola terrestre. É desejável a sabedoria de Salomão, mas a de Cristo é incomparavelmente mais desejável e mais necessária. Não podemos chegar a Cristo mediante simples preparo intelectual; por meio dEle, porém, é-nos dado atingir o mais elevado lance da escada na grandeza intelectual. Ao passo que a busca do conhecimento na arte, na literatura e no comércio não deve ser descoroçoada, o de que primeiro deve o estudante assegurar-se, é o conhecimento experimental de Deus e Sua vontade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 18 (1913). Cristo empregava a ciência das ciências MCP2 741 3 Sem empregar qualquer compulsão, sem usar nenhuma violência [Cristo] une a vontade da criatura humana à vontade de Deus. Esta é a ciência de todas as verdadeiras ciências, pois por ela se opera uma poderosa mudança na mente e no caráter -- mudança que tem de ser verificada na vida de todo aquele que vá passar através dos portais da cidade de Deus. -- Carta 155, 1902; Minha Consagração Hoje, 340. As pesquisas não conflitam com a revelação MCP2 741 4 Deus é o fundamento de todas as coisas. Toda ciência verdadeira está em harmonia com as Suas obras; toda educação verdadeira leva à obediência ao Seu governo. A ciência abre-nos à vista novas maravilhas; ela adeja alto e explora novas profundezas, mas nada traz de suas pesquisas que contradiga a revelação divina. -- The Signs of the Times, 20 de Março de 1884; The S.D.A. Bible Commentary 7:916. A ciência não pode pesquisar os segredos divinos MCP2 742 1 "As coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre." Deuteronômio 29:29. Precisamente como Deus realizou a obra da criação jamais Ele o revelou ao homem; a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Altíssimo. Seu poder criador é tão incompreensível como a Sua existência. -- Patriarcas e Profetas, 43 (1890). A Bíblia nosso guia em matéria de ciência MCP2 742 2 Somos dependentes da Bíblia quanto a um conhecimento da história primitiva de nosso mundo, da criação do homem, e de sua queda. Remova-se a Palavra de Deus, e que podemos esperar senão ser deixados às fábulas e conjecturas, e ao enfraquecimento do intelecto, que é o resultado certo de se cultivarem erros? MCP2 742 3 Carecemos da autêntica história da origem da Terra, da queda de Lúcifer, e da sobrevinda do pecado ao mundo. Sem a Bíblia, seríamos confundidos por teorias falsas. A mente seria sujeita à tirania da superstição e falsidade. Estando, porém, de posse da autêntica história do princípio do mundo, não precisamos nos embaraçar com conjecturas humanas e teorias que não merecem confiança. MCP2 742 4 Onde quer que haja cristãos, podem eles manter comunhão com Deus. E podem gozar a compreensão da ciência santificada. Pode ser-lhes fortalecida a mente, como se deu com Daniel. Deus lhe concedeu "o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria". Entre todos os jovens examinados por Nabucodonosor, "não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso passaram a assistir diante do rei. Em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino". Daniel 1:19, 20. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1904. Toda a verdade é coerente MCP2 743 1 Estas pessoas [que não creram no relatório do Gênesis] perderam a simplicidade da fé. Deve haver uma fé estabelecida na autoridade divina da santa Palavra de Deus. A Bíblia não deve ser provada pelas idéias científicas de homens. O saber humano é um guia indigno de confiança. Céticos que lêem a Bíblia com o fim de cavilar, podem, mediante uma compreensão imperfeita, quer da ciência quer da revelação, pretender achar contradições entre elas; mas, corretamente entendidas, estão em perfeita harmonia. Moisés escreveu sob a guia do Espírito de Deus; e uma teoria correta de geologia nunca terá a pretensão de descobertas que não possam conciliar-se com suas declarações. Toda a verdade, quer na Natureza quer na revelação, é coerente consigo mesma em todas as suas manifestações. -- Patriarcas e Profetas, 114 (1890). Alguns pontos que merecem atenção MCP2 743 2 Temos de guardar-nos continuamente contra os sofismas com respeito à geologia e outros ramos da ciência, falsamente assim chamada, que não têm nenhuma semelhança com a verdade. As teorias dos grandes homens precisam ser peneiradas cuidadosamente, para excluir o mínimo traço de sugestões ateístas. Uma pequenina semente lançada por professores de nossas escolas, acolhida pelos estudantes, suscitará uma messe de incredulidade. O Senhor é quem deu todo o brilho intelectual possuído pelo homem, e deve ser dedicado ao Seu serviço. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1898; The S.D.A. Bible Commentary 7:916. Apreciação da ciência vitalizada pelo espírito de Deus MCP2 743 3 O conhecimento é poder, mas só é poder para o bem quando unido à verdadeira piedade. Tem de ser vitalizado pelo Espírito de Deus a fim de servir aos propósitos mais nobres. Quanto mais íntimo nosso relacionamento com Deus, tanto mais plenamente compreenderemos o valor da ciência verdadeira; pois os atributos de Deus, como são vistos em Suas obras criadas, melhor podem ser apreciados por aquele que possui um conhecimento do Criador de todas as coisas, o Autor de toda a verdade. Esse está em condições de fazer o mais alto uso do conhecimento, pois quando posto sob o completo controle do Espírito de Deus, seus talentos se tornam úteis no mais lato sentido da palavra. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 38 (1913), [no inglês]. A serva da religião MCP2 744 1 Deve haver escolas estabelecidas sobre os princípios da Palavra de Deus e governadas por seus preceitos. Deve haver outro espírito em nossas escolas, para animar e santificar cada ramo de educação. Deve-se buscar fervorosamente a cooperação divina. E não buscaremos em vão. MCP2 744 2 Pertencem-nos as promessas da Palavra de Deus. Podemos esperar a presença do Mestre celestial. Podemos ver o Espírito do Senhor derramado como nas escolas dos profetas, e cada objetivo participar de uma consagração divina. A ciência será então, como foi para Daniel, a serva da religião; e todo esforço, do primeiro ao último, contribuirá para a salvação do homem -- alma, corpo e espírito -- e para a glória de Deus por meio de Cristo. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1885; Fundamentos da Educação Cristã, 99. ------------------------Capítulo 83 -- Geriatria A utilidade não termina MCP2 745 1 Também os velhos necessitam da auxiliadora influência da família. Na casa dos irmãos e irmãs em Cristo, é mais fácil haver para eles como que uma compensação da perda de seu próprio lar. Se animados a partilhar dos interesses e ocupações domésticos, isto os ajudará a sentir que não deixaram de ser úteis. Fazei-os sentir que seu auxílio é apreciado, que há ainda alguma coisa para fazerem em servir a outros, e isto lhes dará ânimo ao coração, ao mesmo tempo que comunicará interesse a sua vida. -- A Ciência do Bom Viver, 204 (1905). Desejável o ambiente familiar MCP2 745 2 O quanto possível, fazer com que aqueles cuja cabeça está alvejando e cujos passos trôpegos indicam que se vão avizinhando da sepultura, permaneçam entre amigos e relações familiares. Que adorem entre aqueles que conheceram e amaram. Sejam cuidados por mãos amorosas e brandas. -- A Ciência do Bom Viver, 204 (1905). Asilos não são o remédio MCP2 745 3 A questão de cuidar de nossos irmãos e irmãs idosos destituídos de lar, é objeto de contínua insistência. Que se pode fazer por eles? O esclarecimento a mim dado pelo Senhor, é repetido: Não é melhor estabelecer instituições para cuidar dos velhos, para que eles fiquem juntos, na companhia uns dos outros. Nem eles devem ser mandados para fora do lar a fim de receberem cuidados. Que os membros de cada família ministrem aos próprios parentes. Quando isto não é possível, essa obra pertence à igreja, e deve ser aceita igualmente como dever e como privilégio. Todos os que têm o espírito de Cristo hão de considerar os débeis e idosos com especial respeito e ternura. -- Testimonies for the Church 6:272 (1900); Testemunhos Selectos 2:509, 510. Suaviza e refina a vida MCP2 746 1 A presença, em nosso lar, de um destes inválidos, é uma preciosa oportunidade de cooperar com Cristo em Seu ministério de misericórdia, em desenvolver traços de caráter semelhantes aos Seus. Há uma bênção no convívio dos velhos com os moços. Estes podem iluminar o coração e a vida dos idosos. Aqueles cujos liames da vida se estão enfraquecendo, necessitam o benefício do contato com a esperança e a lepidez da juventude. E os moços podem ser auxiliados pela sabedoria e a experiência dos velhos. Sobretudo, eles precisam aprender a lição do abnegado ministério. A presença de um necessitado de simpatia, paciência e abnegado amor, seria uma inapreciável bênção para muitas famílias. Haveria de suavizar e refinar a vida doméstica, e despertar em velhos e moços aquelas graças cristãs que os embelezariam com uma divina beleza, e os enriqueceriam com os imperecíveis tesouros do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 204, 205 (1905). Jovens e idosos unindo os esforços MCP2 746 2 Como é comovente ver a mocidade e a velhice dependendo uma da outra, o jovem olhando ao idoso quanto aos conselhos e à sabedoria, e o ancião ao adolescente em busca de auxílio e simpatia! Assim é como devia ser. Deus quer que os jovens possuam tais atributos de caráter que encontrem prazer na amizade dos idosos, para se unirem nos queridos laços da afeição aos que se estão aproximando da sepultura. -- The Signs of the Times, 19 de Outubro de 1888; Filhos e Filhas de Deus, 160. O cuidado dos pais idosos MCP2 747 1 Os pais têm direito ao amor e respeito em certo grau que a nenhuma outra pessoa é devido. O próprio Deus, que pôs sobre eles a responsabilidade pelas almas confiadas aos seus cuidados, ordenou que durante os primeiros anos da vida estejam os pais em lugar de Deus em relação a seus filhos. E aquele que rejeita a lícita autoridade de seus pais, rejeita a autoridade de Deus. O quinto mandamento exige que os filhos não somente tributem respeito, submissão e obediência aos pais, mas também lhes proporcionem amor e ternura, aliviem os seus cuidados, zelem de seu nome, e os socorram e consolem na velhice. Ordena também o respeito aos ministros e governadores, e a todos os outros a quem Deus delegou autoridade. -- Patriarcas e Profetas, 308 (1890). Declina o vigor ao avançarem os anos MCP2 747 2 Os que têm de atender a pessoas idosas devem lembrar-se de que estas, especialmente, precisam de quartos quentes, confortáveis. O vigor declina à medida que avança a idade, deixando menos vitalidade para resistir às influências insalubres; daí, a maior necessidade dos velhos quanto a abundância de luz solar e de ar renovado e puro. -- A Ciência do Bom Viver, 275 (1905). Ajustando-se ao declínio da força mental MCP2 747 3 Dá-se freqüentemente que os idosos não estão dispostos a compreender e reconhecer que sua força mental está falhando. Abreviam os próprios dias com o tomarem sobre si cuidados que pertencem a seus filhos. Satanás joga muitas vezes com a imaginação deles, e leva-os a sentirem contínua ansiedade com relação aos bens que possuem. Isto é seu ídolo, e amontoam com avaro cuidado. Privam-se muitas vezes dos confortos da vida, e trabalham além de suas forças, de preferência a empregar os meios que têm. Colocam-se assim em constante carência, por temor de que, em algum tempo futuro, venham a sofrer falta. MCP2 747 4 Todos esses temores são originados por Satanás. Ele excita os órgãos que levam aos temores servis e aos ciúmes que corrompem a nobreza da alma e destroem os pensamentos e sentimentos elevados. Essas pessoas são insanas no que respeita ao dinheiro. MCP2 748 1 Caso tomassem a atitude que Deus deseja que mantenham, seus últimos dias seriam os melhores e mais felizes. Os que têm filhos em cuja honestidade e judicioso governo têm motivos para confiar, devem permitir que eles os tornem felizes. A menos que façam isto, Satanás se aproveitará de sua falta de resistência mental, e manejará com eles. Devem pôr de lado a ansiedade e as preocupações, ocupar o tempo da maneira mais satisfatória possível, e amadurecerem para o Céu. -- Testimonies for the Church 1:423, 424 (1864); Testemunhos Selectos 1:173. Memórias recentes esquecem-se logo MCP2 748 2 Aquele que amadureceu no serviço de Deus pode sentir a mente em branco acerca das coisas que acontecem ao seu redor, e transações recentes podem logo fugir-lhe da memória; tem, porém, a mente bem aberta às cenas e acontecimentos da infância. Oh! que a juventude reconheça quão importante é manter a mente resguardada, limpa e pura dos pensamentos corruptores e manter a alma livre de todas as práticas vis, pois a pureza ou impureza da juventude se reflete na velhice. -- The Youth's Instructor, 25 de Outubro de 1894; Filhos e Filhas de Deus, 78. Os traços intensificam-se na velhice MCP2 748 3 Foi-me mostrado Davi rogando ao Senhor que o não abandonasse quando fosse velho, e o que foi que lhe inspirou essa fervorosa oração. Ele viu que a maioria das pessoas idosas que o rodeavam não eram felizes, e que os traços lamentáveis de caráter aumentavam especialmente com a idade. Se as pessoas eram naturalmente avaras e cobiçosas, isto se acentuava desagradavelmente em sua velhice. Se eram ciumentas, irritáveis e impacientes, tornavam-se mais ainda quando idosas. -- Testimonies for the Church 1:422 (1864); Testemunhos Selectos 1:172. Inveja irrestrita e juízo falho MCP2 748 4 Davi afligia-se ao ver que reis e nobres que pareciam ter o temor de Deus diante de si enquanto se achavam no vigor da varonilidade, tornavam-se ciumentos de seus melhores amigos e parentes, quando de idade. Receavam continuamente que houvesse motivos egoístas nas manifestações de interesse dos amigos para com eles. Davam ouvidos às sugestões e conselhos enganosos de estranhos com relação àqueles em quem deviam confiar. Seus não refreados ciúmes inflamavam-se por vezes, porque nem todos concordavam com seu juízo falível. Terrível era sua cobiça. Pensavam muitas vezes que os próprios filhos e parentes desejavam que eles morressem a fim de tomar-lhes o lugar e possuir-lhes as riquezas, e receber as homenagens que lhes haviam sido prestadas. E alguns eram de tal modo controlados pelos ciúmes e sentimentos de cobiça, que destruíam os próprios filhos. -- Testimonies for the Church 1:422, 423 (1864); Testemunhos Selectos 1:172. Oração de Davi em favor de sua velhice MCP2 749 1 Davi observava que, se bem que a vida de alguns houvesse sido justa enquanto se achavam no vigor dos anos, eles pareceram perder o domínio de si mesmos ao sobrevir-lhes a velhice. Satanás penetrou-lhes no espírito e os dirigiu, tornando-os desassossegados e descontentes. Viu Davi que muitos dos idosos pareciam abandonados por Deus, e se expunham ao ridículo e ao vitupério por parte de seus inimigos. MCP2 749 2 Davi sentia-se profundamente abalado; ficou aflito ao pensar nos anos futuros, quando estivesse velho. Temia que Deus o deixasse, e que ele fosse tão infeliz como outros velhos cuja conduta ele observara, e exposto ao opróbrio dos inimigos do Senhor. O coração opresso por isto, ele orou fervorosamente: "Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força." "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as Tuas maravilhas. Agora, também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a Tua força a esta geração, e o Teu poder a todos os vindouros." Salmos 71:9, 17, 18. Davi sentia a necessidade de guardar-se contra os males que acompanham a velhice. -- Testimonies for the Church 1:423 (1864); Testemunhos Selectos 1:172, 173. Providências para uso de meios confiados MCP2 750 1 O irmão L é um mordomo de Deus. Foram-lhe confiados meios e ele deve estar alerta a seu dever, e dar a Deus as coisas que são de Deus. Não deve deixar de compreender as reivindicações de Deus quanto a ele. Enquanto vive e tem o poder de raciocinar, deve ele aproveitar a oportunidade de apropriar-se da propriedade que Deus lhe confiou, em vez de deixá-la a outros, para uso e apropriação após o fim de sua vida. -- Testimonies for the Church 2:675 (1871). Não deixar tarefas inacabadas MCP2 750 2 O irmão L deve ter em ordem todos os seus negócios, sem deixar pontos frouxos. É privilégio seu ser rico em boas obras e preparar para si um bom alicerce para o tempo por vir, para que possa assegurar-se da vida eterna. Não lhe é seguro seguir seu juízo já débil. Deve aconselhar-se com irmãos experientes, e buscar sabedoria de Deus, a fim de que possa fazer bem o seu trabalho. Ele deve agora tomar verdadeiramente a sério sua atividade, provendo-se de "bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos Céus". -- Testimonies for the Church 1:676 (1871). Não pôr à margem os obreiros idosos MCP2 750 3 O mais terno interesse deve ser nutrido para com aqueles cujo interesse vital é vinculado à causa de Deus. Não obstante suas muitas enfermidades, esses obreiros possuem talentos que os qualificam para estar na sua sorte e lugar. Deus deseja que ocupem posições de liderança em Sua obra. Permaneceram fiéis em meio aos temporais e provas e acham-se entre os mais valiosos conselheiros. Quão gratos deveríamos ser por poderem eles ainda usar seus dons no serviço do Senhor! MCP2 750 4 Que não se perca de vista o fato de que no passado esses fervorosos lutadores tudo sacrificaram para promover a obra. O terem-se tornado idosos e grisalhos no serviço de Deus não é razão para deixarem de exercer uma influência superior à influência de homens que têm muito menos conhecimento da causa e muito menos experiência nas coisas divinas. MCP2 751 1 Embora gastos e incapazes de arcar com os encargos mais pesados do que os que os mais jovens podem e devem assumir, seu mérito como conselheiros é da mais elevada ordem. Cometeram erros, mas dos fracassos aprenderam sabedoria; aprenderam a evitar erros e perigos, e não serão eles então competentes para darem sábios conselhos? Suportaram trabalhos e provas, e embora tenham perdido algum de seu vigor, não devem ser empurrados para a margem por obreiros menos experientes que muito pouco sabem acerca do labor e do sacrifício desses pioneiros. O Senhor não os põe à margem. Ele lhes dá graça especial e conhecimento. -- Testimonies for the Church 7:287, 288 (1902). Devem ser honrados e respeitados MCP2 751 2 Os velhos porta-bandeiras que ainda vivem não devem ser colocados em postos árduos. Os que serviram ao Senhor quando a obra prosseguia árdua, que suportaram pobreza e permaneceram fiéis à verdade quando nossos números eram pequenos, devem sempre ser honrados e respeitados. Sou instruída a dizer: respeite todo crente os idosos pioneiros que suportaram provas e dificuldades e muitas privações. São os operários de Deus e desempenharam parte preeminente na estruturação de Sua obra. -- Testimonies for the Church 7:289 (1902). Ser tratados como pais e mães MCP2 751 3 Enquanto estão no campo os porta-estandartes idosos, que os que foram beneficiados pelos seus labores cuidem deles e os respeitem. Não os sobrecarregueis com encargos. Apreciai suas advertências, suas palavras de conselho. Tratai-os como pais e mães que suportaram o peso da obra. Os obreiros que no passado anteciparam as necessidades da causa fazem trabalho nobre quando, em vez de assumirem eles mesmos todos os encargos, os colocam sobre os ombros de homens e mulheres mais jovens, e os educam como Elias educou a Eliseu. -- The Review and Herald, 20 de Março de 1900; Mensagens Escolhidas 2:227. Conselho a idosos e experimentados obreiros evangélicos MCP2 752 1 Possa o Senhor abençoar e suster nossos obreiros idosos e experimentados. Que Ele os ajude a ser sábios quanto à preservação de suas faculdades físicas, mentais e espirituais. Fui pelo Senhor instruída a dizer a esses que apresentaram seu testemunho nos dias primitivos da mensagem: "Deus vos dotou com o poder da razão, e Ele deseja que compreendais as leis que têm que ver com a saúde do ser e lhes obedeçais. Não sejais imprudentes. Não trabalheis demais. Tomai tempo para repousar. Deus deseja que estejais em vossa sorte e lugar, fazendo vossa parte para salvar homens e mulheres de serem arrastados para baixo, pela poderosa torrente do mal. Ele deseja que envergueis a armadura até que vos ordene depô-la. Não demorará receberdes vossa recompensa." -- Testimonies for the Church 7:289 (1902). O maior perigo MCP2 752 2 Sou ordenada a dizer a meus irmãos idosos: Andai humildemente diante de Deus. Não sejais acusadores dos irmãos. Compete-vos fazer o trabalho designado sob a direção do Deus de Israel. A inclinação de criticar é o maior perigo de muitos. Os irmãos a quem sois tentados a criticar são chamados a assumir responsabilidades que vós possivelmente não suportaríeis, mas podeis ser seus auxiliares. Podeis, se quiserdes, prestar grande serviço à causa, apresentando vossa experiência do passado, unida aos labores de outros. O Senhor não confiou a nenhum de vós a obra de corrigir e censurar os irmãos. -- Carta 204, 1907; Evangelismo, 106, 107. ------------------------Capítulo 84 -- Como tratar as emoções Não podemos ler os motivos MCP2 755 1 Lembrai-vos de que não podeis ler o coração. Não conheceis os motivos que determinaram as ações que vos parecem errôneas. Há muitos que não receberam a devida educação; seu caráter está deturpado e são ásperos e nodosos, parecendo maus em todo sentido. Mas a graça de Cristo pode transformá-los. Nunca deveis pô-los de lado ou levá-los ao desânimo ou desespero, dizendo: "Você me decepcionou e não procurarei mais ajudá-lo." Umas poucas palavras ditas precipitadamente sob provocações -- justamente aquilo que pensamos que eles merecem -- pode romper os laços de influência que ligariam seu coração ao nosso. MCP2 755 2 A vida coerente, a paciente moderação, o espírito calmo sob provocação é sempre o mais conclusivo argumento e o mais solene apelo. Se tendes tido oportunidades e vantagens que não têm redundado em benefício de outros, considerai isso e sede sempre um professor sábio, cuidadoso e delicado. MCP2 755 3 A fim de que o lacre tenha uma impressão clara e forte do sinete, não atirais este sobre aquele de maneira precipitada e violenta; cuidadosamente o colocais no lacre plástico e, com calma e firmeza, o apertais até que se tenha endurecido a massa. Tratai de igual modo com as almas humanas. A continuidade da influência cristã é o segredo de seu poder, e isso depende da firmeza com que manifestais o caráter de Cristo. Ajudai os que cometeram faltas, relatando-lhes vossas experiências. Mostrai como, ao cometerdes erros graves, a paciência, bondade e auxílio de vossos coobreiros vos deram ânimo e esperança. -- Testimonies on Sabbath School Work, 116, 117 (1900); Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 100, 101. Contendendo com uma força que cativa corpo, espírito e alma MCP2 756 1 Está-se apoderando do mundo, em muitos sentidos, uma intensidade qual nunca dantes se viu. Nos divertimentos, no ganhar dinheiro, nas lutas pelo poderio, na própria luta pela existência, há uma força terrível que absorve o corpo, o espírito e a alma. Em meio desta corrida louca, Deus fala. Ele nos ordena que fiquemos à parte e tenhamos comunhão com Ele. "Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus." Salmos 46:10. -- Educação, 260 (1903). A cura de males espirituais MCP2 756 2 Este mundo é um vasto hospital, mas Cristo veio curar os enfermos, proclamar liberdade aos cativos de Satanás. Era em Si mesmo saúde e vigor. Comunicava Sua vida aos doentes, aos aflitos, aos possessos de demônios. Não repelia ninguém que viesse receber Seu poder vivificador. Sabia que os que Lhe pediam auxílio haviam trazido sobre si mesmos a doença; todavia, não Se recusava a curá-los. E quando a virtude provinda de Cristo penetrava nessas pobres almas, sentiam a convicção do pecado, e muitos eram curados de suas enfermidades espirituais, bem como das do corpo. O evangelho possui ainda o mesmo poder, e por que não deveríamos testemunhar hoje idênticos resultados? -- O Desejado de Todas as Nações, 823 (1898). Humanas, as mãos de anjos MCP2 756 3 Agentes humanos são as mãos de instrumentos celestiais, pois os anjos celestiais empregam mãos humanas no ministério prático. Instrumentos humanos como auxiliares manuais devem pôr em ação o conhecimento e usar os recursos dos seres celestiais. Unindo-se com esses poderes que são onipotentes, somos beneficiados por sua mais alta educação e experiência. Assim, ao tornarmo-nos participantes da natureza divina e afastarmos de nossa vida o egoísmo, são-nos concedidos talentos especiais para nos ajudarmos mutuamente. Esta é a maneira do Céu, de comunicar poder salvador. -- Testimonies for the Church 6:456, 457 (1900). As partes humana e divina em ocasiões de atrito MCP2 757 1 Sempre o Senhor confere ao instrumento humano a sua obra. Eis aí a cooperação humana e a divina. Eis o homem trabalhando em obediência à luz divina concedida. Se Saulo tivesse dito: Senhor, não estou nada inclinado a seguir Tuas específicas direções para operar minha salvação, então poderia o Senhor ter deixado a luz brilhar sobre Saulo dez vezes, e teria sido inútil. MCP2 757 2 É a obra do homem cooperar com o divino. E é o mais árduo e severo conflito o que se apresenta com o propósito e a hora da grande resolução e decisão do humano de inclinar a vontade e a direção à vontade e direção de Deus, confiando nas graciosas influências que o acompanharam toda a vida. Ao homem compete a obra de ter inclinação: "Porque Deus é quem efetua em vós [em nós] tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:13. O caráter determinará a natureza da resolução e da ação. O efetuar não está de acordo com os sentimentos ou a inclinação, mas com a conhecida vontade de nosso Pai que está no Céu. Segui e obedecei a guia do Espírito Santo. -- Carta 135, 1898. Falai no poder de Deus MCP2 757 3 Quando alguém vos pergunta como vos sentis, não penseis em qualquer coisa triste para contar a fim de atrair simpatia. Não faleis de vossa falta de fé e de vossas aflições e sofrimentos. O tentador se deleita em ouvir palavras assim. Quando falais em assuntos sombrios, estais a glorificá-lo. Não nos devemos demorar no grande poder de Satanás para nos vencer. Entregamo-nos muitas vezes em suas mãos por falar no poder dele. MCP2 758 1 Falemos, ao contrário, no grande poder de Deus para ligar aos Seus todos os nossos interesses. Falai no incomparável poder de Cristo, e de Sua glória. Todo o Céu está interessado em nossa salvação. Os anjos de Deus, milhares de milhares e miríades de miríades, são comissionados a ministrar aos que hão de herdar a salvação. Eles nos guardam do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando destruir. Não temos nós motivo de ser a todo momento agradecidos, mesmo quando existem aparentes dificuldades em nosso caminho? -- A Ciência do Bom Viver, 253, 254 (1905). Não falar em sentimentos negativos MCP2 758 2 Se não vos sentis satisfeitos e alegres, não faleis dos vossos sentimentos. Não anuvieis a vida dos outros. Uma religião fria e sombria, jamais atrairá almas para Cristo. Afasta-as dEle, para as redes que Satanás lança aos pés dos transviados. Em vez de pensar em vossos desânimos, pensai na força de que podeis dispor em nome de Cristo. Que vossa imaginação se fixe nas coisas invisíveis. Que os pensamentos se dirijam para as evidências do grande amor de Deus por vós. A fé pode sofrer a prova, vencer a tentação, suportar o insucesso. Jesus vive como nosso Advogado. Tudo o que nos assegura a Sua mediação nos pertence. -- A Ciência do Bom Viver, 488 (1905). Sorrisos e palavras animosas MCP2 758 3 Se olharmos para o lado brilhante das coisas, acharemos bastante para nos fazer animosos e felizes. Se dermos sorrisos, eles nos serão devolvidos; se pronunciarmos palavras animosas, agradáveis, elas de novo nos serão dirigidas. MCP2 758 4 Quando os cristãos se apresentam sombrios e deprimidos, como se pensassem não ter amigos nenhuns, dão da religião uma impressão errada. Em alguns casos tem-se entretido a idéia de que a alegria seja incoerente com a dignidade do caráter cristão, mas tudo isso é errado. O Céu é todo alegria. -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885. A disposição alegre ilumina a vereda MCP2 759 1 É dever de cada um cultivar a disposição alegre, em vez de acalentar tristezas e dificuldades. Muitos não só se fazem infelizes deste modo, mas sacrificam saúde e felicidade a uma imaginação mórbida. Há nos arredores coisas que não são agradáveis, e no semblante trazem um constante franzir de sobrancelhas que, mais claramente do que palavras, expressa o descontentamento. MCP2 759 2 Estas emoções deprimentes são grande dano a sua saúde, pois estorvando o processo da digestão, interferem com a alimentação. Conquanto a tristeza e ansiedade não possam remediar um único mal, podem todavia provocar grande mal; mas a disposição alegre e a esperança, ao mesmo tempo que iluminam a vereda dos outros, "são vida para quem os acha, e saúde para o seu corpo". -- The Signs of the Times, 12 de Fevereiro de 1885; Minha Consagração Hoje, 153. Refeição e emoções MCP2 759 3 Aprendei por vós mesmos o que vos convém comer, que espécie de alimento melhor nutre o corpo, e depois segui os ditames da razão e da consciência. Na hora das refeições deixai de parte preocupações e cuidados. Não estejais apressados, mas comei lenta e alegremente, com o coração cheio de reconhecimento para com Deus por todas as Suas bênçãos. E não vos ocupeis em trabalho cerebral imediatamente depois de uma refeição. Fazei um exercício moderado, e dai ao estômago um pouco de tempo para começar seu trabalho. -- Obreiros Evangélicos, 241, 242 (1892); Conselhos Sobre Saúde, 565. O cultivo de erros estorva a expansão mental MCP2 759 4 A mente da qual o erro tenha uma vez tomado posse, nunca se poderá expandir livremente quanto à verdade, mesmo depois de uma investigação. As teorias antigas reclamarão reconhecimento. Ficará confusa a compreensão de coisas verdadeiras, nobres e santificantes. Idéias supersticiosas penetrarão na mente, misturando-se com o que é verdadeiro, e essas idéias são sempre envilecedoras em sua influência. MCP2 759 5 O conhecimento cristão traz sua própria marca de ilimitada superioridade em tudo que concerne ao preparo para a vida futura, imortal. Distingue o leitor da Bíblia e crente, que tem estado a receber os preciosos tesouros da verdade, do cético e crente na filosofia pagã. MCP2 760 1 Apegai-vos à palavra "está escrito". Expulsai da mente as perigosas e destruidoras teorias que, uma vez entretidas, prenderão em cativeiro a mente, de modo que o homem não se tornará nova criatura em Cristo. A mente tem de ser constantemente restringida e guardada. Só se lhe deve proporcionar como alimento aquilo que fortaleça a vida religiosa. -- Manuscrito 42, 1904; Medicina e Salvação, 89. Poder divino, a única esperança de reforma MCP2 760 2 À parte do poder divino, nenhuma reforma genuína pode ser efetuada. As barreiras humanas erguidas contra as tendências naturais e cultivadas, não são mais que bancos de areia contra uma torrente. Enquanto a vida de Cristo não se torna um poder vitalizante em nossa vida, não nos é possível resistir às tentações que nos assaltam interior e exteriormente. -- A Ciência do Bom Viver, 130 (1905). MCP2 760 3 O poder dos agentes celestes têm de combinar-se com o humano. Esta é a única maneira de termos êxito. -- Carta 34, 1891. Não estudar nossas emoções MCP2 760 4 Não é sábio olhar-nos a nós mesmos, e estudar nossas emoções. Se assim fazemos, o inimigo apresentará dificuldades e tentações que enfraquecerão a fé e destruirão o ânimo. Estudar atentamente nossas emoções e dar curso aos sentimentos, é entreter a dúvida, e enredar-nos em perplexidades. Devemos desviar os olhos do próprio eu para Jesus. -- A Ciência do Bom Viver, 249 (1905). Emoções negativas transformadas pelo espírito de Deus MCP2 760 5 Quando o Espírito Deus toma posse do coração, Ele transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são postos à margem, renunciam-se aos atos maus; amor, humildade e paz tomam o lugar da ira, inveja e luta. A alegria toma o lugar da tristeza, e o semblante reflete a alegria do Céu. Ninguém vê a mão que ergue o fardo ou contempla a luz que desce das cortes do alto. A bênção vem quando pela fé a alma entrega a Deus o próprio eu. Então aquele poder que nenhuns olhos humanos podem ver, cria um novo ser à imagem de Deus. -- The Review and Herald, 19 de Novembro de 1908; Minha Consagração Hoje, 46. Necessidade de grande sabedoria MCP2 761 1 Grande sabedoria é necessária no trato das doenças produzidas pela mente. Um coração dolorido, enfermo, um espírito desalentado requerem um tratamento brando. ... É mediante uma terna simpatia que esta classe de doentes pode ser beneficiada. O médico deve conquistar-lhes primeiro a confiança, encaminhando-os depois ao grande Restaurador. Se sua fé pode ser dirigida para o Verdadeiro Médico, e são capazes de confiar em que lhes tomou o caso em Suas mãos, isto trará alívio ao espírito, dando muitas vezes saúde ao corpo. -- A Ciência do Bom Viver, 244 (1905). Ternura de Cristo ao tratar com mentes MCP2 761 2 Cristo identifica o Seu interesse com o da humanidade. A obra que traz as credenciais divinas é a que manifesta o espírito de Jesus, que revela Seu amor, Seu cuidado, Sua ternura ao lidar com a mente dos homens. Que revelações viriam aos homens se a cortina fosse aberta, e pudésseis ver o resultado de vosso trabalho ao lidar com os que erram, e que necessitam do mais judicioso tratamento para não serem desviados do caminho! Portanto "tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado". Hebreus 12:12, 13. -- Special Testimonies, Série A, 3:9, 10, 3 de Agosto de 1894; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 184, 185. Corrente de energia vitalizante MCP2 761 3 O poder do amor estava em todas as curas de Cristo, e unicamente participando desse amor, pela fé, podemos ser instrumentos para Sua obra. Se negligenciamos pôr-nos em divina ligação com Cristo, a corrente de energia vitalizante não pode fluir em abundantes torrentes de nós para o povo. -- O Desejado de Todas as Nações, 825 (1898). Única fonte de paz permanente MCP2 762 1 A permanente paz, o verdadeiro descanso do espírito, não tem senão uma fonte. Foi desta que Cristo falou quando disse: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. "Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá." João 14:27. Esta paz não é qualquer coisa que Ele dá à parte de Si mesmo. Ela está em Cristo, e só a podemos receber recebendo a Cristo. -- A Ciência do Bom Viver, 247 (1905). Sua experiência deve ser a nossa MCP2 762 2 Em Cristo, o grito da raça humana chegava até ao Pai de infinita piedade. Como homem, suplicava ao trono de Deus, até que Sua humanidade fosse de tal modo carregada com a corrente celestial, que pudesse estabelecer ligação entre a humanidade e a Divindade. Mediante contínua comunhão recebia vida de Deus, de maneira a poder comunicar vida ao mundo. Sua experiência deve ser a nossa. -- O Desejado de Todas as Nações, 363 (1898). ------------------------Capítulo 85 -- Aconselhamento Necessidade de conselheiros MCP2 763 1 Quem nos dera generais, homens sábios e prudentes, bem equilibrados, que sejam sábios conselheiros, que tenham algum conhecimento íntimo da natureza humana, que saibam dirigir e aconselhar no temor de Deus! -- Carta 45, 1893; Mensagens Escolhidas 2:362. Ouvido capaz de ouvir, com simpatia MCP2 763 2 Há necessidade de pastores que, sob a direção do Sumo Pastor, busquem os perdidos e extraviados. Isto significa suportar desconforto físico e sacrificar a comodidade. Significa uma terna solicitude pelos que erram, uma compaixão e paciência divinas. Significa um ouvido capaz de ouvir com simpatia relatos de erros, de degradação, de desespero e miséria. -- Obreiros Evangélicos, 184 (1915). Importância da obra do pastor-conselheiro MCP2 763 3 Como o médico trata de doenças físicas, assim o pastor ministra à alma doente do pecado. E sua obra é tanto mais importante do que a do médico, quanto a vida eterna é de maior valor que a existência temporal. O pastor depara com infinita variedade de temperamentos, e é dever seu ficar conhecendo os membros das famílias que assistem a seus ensinos, a fim de determinar que meios melhor os influenciarão no rumo certo. -- Obreiros Evangélicos, 338 (1915). Aceitar o povo onde está MCP2 764 1 Alcançar o povo justamente onde se acha, seja qual for sua posição, qualquer que seja sua condição, e ajudá-los de todas as maneiras possíveis -- isto é ministério evangélico. Pode ser necessário aos ministros ir para o lar dos doentes e dizer: "Estou disposto a ajudá-lo, e farei o melhor que possa. Não sou médico, mas ministro, e tenho prazer em servir aos doentes e aflitos." Os doentes no corpo, quase sempre o estão na alma, e quando a alma está doente, o corpo adoece. -- Manuscrito 62, 1900; Medicina e Salvação, 238. Ir ao encontro dos pesares MCP2 764 2 Os obreiros do Senhor necessitam do enternecedor amor de Deus no coração. Viva cada ministro como um homem entre os homens. Vá ele, com métodos bem regulados, de casa em casa, levando sempre o incensário da fragrante atmosfera celeste de amor. Ide ao encontro dos pesares, dificuldades e aflições dos outros. Tomai parte nas alegrias e cuidados, tanto dos grandes como dos pequenos, dos ricos como dos pobres. -- Carta 50, 1897; Evangelismo, 348, 349. Necessidade de conselho MCP2 764 3 Os inexperientes precisam ser guiados por sábios conselhos quando em provas e assaltados por tentações; tem de se lhes ensinar que as realizações em coisas espirituais lhes custarão perseverantes, bem dirigidos esforços. Temos de repetir muitas vezes aos que aceitaram a fé recentemente: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida." Tiago 1:5. Essas palavras devem ser apresentadas no espírito do Mestre que as deu, pois são de maior valor do que ouro ou prata ou pedras preciosas. MCP2 764 4 Ensinai os jovens discípulos a pôr as mãos nas mãos de Cristo, dizendo: "Conduze-me, guia-me." Que conforto e esperança e bênção receberão as almas necessitadas, perplexas, se humildemente buscarem a Deus! A condição é irem com fé, não duvidando, pedindo a guia no dia de perplexidade. A todo aquele que busca sinceramente, é dada a segurança: "Tereis respostas de graça." "Recebereis." MCP2 765 1 Deve ser dada muitas vezes a instrução de que aquilo que Deus disse jamais falhará. É melhor confiar no Senhor do que pôr a confiança em príncipes. Temos de ensinar toda alma a, pela oração, depor suas petições no propiciatório. Com certeza virá força e graça àquele que assim procede, pois o Senhor o prometeu. E todavia tantos andam fracos porque não crêem que Deus fará justamente como disse. -- Manuscrito 19, 1894. Deus deu regras MCP2 765 2 O pai é o legislador da família; e como Abraão, deve fazer da lei de Deus o governo de sua casa. Deus disse de Abraão: "Porque Eu tenho conhecido que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa." Gênesis 18:19. Não haveria pecaminosa negligência em restringir o mal, nada de favoritismo fraco, imprudente, cheio de condescendência; nada de ceder sua convicção do dever aos reclamos de enganosa afeição. Abraão não somente dava a instrução devida, mas mantinha a autoridade de justas e retas leis. MCP2 765 3 Deus nos deu regras para nossa direção. As crianças não devem ter permissão de desviar-se da segura vereda estabelecida na Palavra de Deus, para caminhos que levam a perigos, os quais se acham abertos de todos os lados. Bondosamente, mas com firmeza, com perseverante esforço secundado de oração, seus maus desejos devem ser refreados, reprimidas suas inclinações. -- A Ciência do Bom Viver, 390, 391 (1905). Atender aos conselhos da experiência (palavras a um marido e pai perturbado) MCP2 765 4 Tens estado a flutuar no mundo, mas a verdade eterna se te demonstrará uma âncora. Precisas guardar a fé. Não procedas por impulso nem entretenhas teorias vagas. A fé experimental em Cristo e submissão à lei de Deus são da mais alta conseqüência para ti. Sê disposto a aceitar a advertência e conselho dos que têm experiência. Não adies a obra de tornar-te vencedor. Sê sincero a ti mesmo, a teus filhos e a Deus. Teu filho enfermo precisa ser tratado com ternura. Como pai, deves lembrar-te de que os nervos que podem estremecer de alegria podem também estremecer sob a mais intensa dor. O Senhor identifica Seu interesse com o da sofredora humanidade. -- Testimonies for the Church 4:368 (1879). Quando um conselho poderia ter salvo um jovem independente, de casamento desavisado MCP2 766 1 Quando já é tarde demais, descobrem que cometeram erro e puseram em perigo sua felicidade nesta vida, e a salvação de sua alma. Achavam que nenhum outro sabia alguma coisa sobre o assunto; se, porém, tivessem aceito conselhos, poderiam ter-se poupado anos de ansiedade e tristezas. Mas, para os que estão resolvidos a seguir o seu próprio caminho, os conselhos são debalde. A paixão leva essas pessoas através de todas as barreiras que a razão e o juízo lhes possam contrapor. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888; Mensagens aos Jovens, 459. Algumas qualificações do conselheiro MCP2 766 2 É de grande importância que aquele que é escolhido para cuidar dos interesses espirituais de pacientes e auxiliares seja homem de são juízo e princípios firmes, homem que tenha influência moral, que saiba como tratar com mentes. Deve ser pessoa de sabedoria e cultura, de afeição assim como de inteligência. Pode ele não ser completamente eficiente em todos os respeitos a princípio; mas deve, por fervorosa consideração e o exercício de suas habilidades, qualificar-se para essa importante obra. A maior sabedoria e brandura são necessárias para servir aceitavelmente nessa posição, contudo com inflexível integridade; pois terá de defrontar com preconceito, intolerância e erros de toda forma e descrição. -- Testimonies for the Church 4:546, 547 (1880). O aconselhamento particular pode tornar-se uma cilada (conselho a um ministro) MCP2 766 3 Na noite passada teu caso foi forçado à minha atenção, e falei-te como uma mãe fala a seu filho. Eu disse: "Irmão _____, não deves julgar ser teu dever conversar com jovens senhoras sobre certos assuntos, mesmo com a presença de tua esposa. Estás estimulando nelas a idéia de que é muito certo comunicar a ministros os segredos e dificuldades de família que deveriam ser levados perante Deus, que compreende o coração, que jamais comete um erro, e que julga com justiça. Recusa-te a ouvir a quaisquer comunicações de assuntos particulares, concernentes quer a famílias quer a indivíduos. Se pessoas são animadas a irem ter com um homem com suas dificuldades, elas julgarão muito certo continuar essa prática, e tornar-se-á uma cilada, não só à pessoa que faz as comunicações, mas também àquele a quem essas coisas são confidenciadas." -- Carta 7, 1889. Limitação do conselho do ministro a mulheres MCP2 767 1 Mulheres têm sido atraídas a ti, estando dispostas a desabafar aos teus ouvidos suas dificuldades particulares e desapontamentos familiares. Não deves dar-lhes ouvido, mas dizer-lhes que tu mesmo é simples mortal sujeito a errar; que Deus é teu auxiliador. Jesus conhece os segredos de cada coração, e Ele pode abençoar e confortá-las. Dize-lhes que poderias julgar erradamente e ser levado a encorajar o mal, em vez de reprová-lo. Aponta-lhes "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Se vestires a armadura e, embora contrariando a vontade, dedicar trabalho pessoal justamente onde necessário, àqueles que estão fechando a porta à luz do Céu por causa de seu egoísmo e cobiça, poderás não fazer tantos amigos, mas salvarás almas. -- Carta 48, 1888. Advertências repetidas MCP2 767 2 Não sejam as mulheres atraídas a ti. Permanece na retidão de tua alma e dize-lhes que não és confessor delas. A Jesus é que compete saber os segredos do coração. És apenas humano, e julgando tão-somente de um ponto de vista humano, poderias tomar decisões erradas, dar conselho errado. -- Manuscrito 59, 1900. MCP2 768 1 Não vejo nada de certo, meu irmão, em teres reuniões só para jovens senhoras. Que haja senhoras experientes para educar e instruir as jovens mulheres quanto à propriedade do comportamento e da influência. Não deixes que elas comuniquem sua história particular a qualquer homem vivente. Isto não é método de Deus, e não deves encorajar qualquer coisa dessa espécie. -- Carta 9, 1889. Fatores em aconselhamento eficiente MCP2 768 2 Ao sobrevir uma crise na vida de qualquer alma, e tentardes dar conselho ou advertência, vossas palavras só exercerão, no bom sentido, o peso e a influência que vos houverem adquirido vosso exemplo e espírito. Precisais ser bons para que possais fazer o bem. Não vos será possível influenciar os outros a se transformarem enquanto vosso coração não se houver tornado humilde, refinado e brando por meio da graça de Cristo. Quando esta mudança se houver operado em vós, ser-vos-á tão natural viver para beneficiar a outros, como o é para a roseira dar suas perfumosas flores, ou a videira produzir purpurinos cachos. -- O Maior Discurso de Cristo, 127, 128 (1896). A educação e experiência que prepararam Moisés para ser um conselheiro compassivo MCP2 768 3 O homem teria dispensado aquele longo período de labuta e obscuridade, julgando-o uma grande perda de tempo. Mas a Sabedoria infinita chamou aquele que deveria tornar-se o dirigente do Seu povo, a passar quarenta anos no humilde trabalho de pastor. Os hábitos de exercer o cuidado, do esquecimento de si mesmo, e de terna solicitude pelo seu rebanho, assim desenvolvidos, prepará-lo-iam a tornar-se o compassivo e longânimo pastor de Israel. Proveito algum que o ensino ou a cultura humana pudessem outorgar, poderia ser um substituto para esta experiência. -- Patriarcas e Profetas, 247, 248 (1890). Alguns não estão habilitados a tratar com mentes (conselho a um ministro) MCP2 768 4 Tens alguns traços de caráter que o desqualificam para tratar sabiamente com mentes humanas. Não trabalhas de modo que produzas os melhores resultados. -- Carta 205, 1904. MCP2 769 1 Tratar com mentes humanas é a mais bela obra em que já se empenharam os homens. Nem todos são habilitados a corrigir os que erram. Não têm sabedoria para tratar com justiça, ao mesmo tempo que amem a misericórdia. Não têm tendência de ver a necessidade de misturar amor e terna compaixão com fiéis reprovações. Alguns são sempre desnecessariamente severos e não sentem a necessidade da ordem do apóstolo: "E apiedai-vos de alguns que estão duvidosos; mas salvai os outros por temor, e arrebatai-os do fogo." Judas 22, 23. -- Testimonies for the Church 3:269, 270 (1873). O intelecto humano não é onipotente MCP2 769 2 O claro conceito do que Deus é, e do que Ele requer que sejamos nós, nos dará idéias humildes de nós mesmos. Aquele que estuda direito a Palavra Sagrada, aprenderá que o intelecto humano não é onipotente; que, sem o auxílio que ninguém senão Deus pode dar, a força e sabedoria humanas não passam de fraqueza e ignorância. -- Testimonies for the Church 5:24 (1882). Manifestando a graça de Cristo MCP2 769 3 Deus quer que cada indivíduo olhe menos para o finito, menos confie no homem. Temos conselheiros que manifestam não terem conhecimento da graça de Cristo, e não compreendem a verdade como é em Cristo. MCP2 769 4 Os que estão cooperando com Deus têm humilde opinião quanto a si mesmos. Não se ufanam, não são presumidos nem exaltam a si mesmos. São longânimos, bondosos, cheios de misericórdia e de bons frutos. As ambições humanas vão na retaguarda. A justiça de Cristo vai adiante deles, e a glória do Senhor é a sua recompensa. -- Special Testimonies, Série A, 3:49, 7 de Maio de 1895; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 215, 216. Perguntas para os conselheiros MCP2 769 5 Quando temos tentado apresentar a reforma da saúde a nossos irmãos e irmãs, falando-lhes da importância de comer e beber e fazer tudo que fazem, para a glória de Deus, muitos, por seus atos, têm dito: "Não é da conta de ninguém eu comer isto ou aquilo. O que quer que façamos, suportaremos as conseqüências nós mesmos." MCP2 770 1 Caros amigos, estais muitíssimo enganados. Não sois vós os únicos sofredores em conseqüência de um procedimento errado. A sociedade em que estais sofre as conseqüências de vossos erros, em grande proporção, assim como vós mesmos. Se sofreis por causa de vossa intemperança em comer ou beber, nós que estamos ao vosso redor ou em vossa companhia, também somos afetados por vossas fraquezas. Nós temos que sofrer por causa de vosso procedimento errado. MCP2 770 2 Se isto influi em diminuir vossas faculdades mentais ou físicas, nós o sentimos quando em vossa companhia, e somos afetados pelo fato. Se, em vez de ter espírito animado, sois taciturnos, lançais uma sombra sobre o espírito de todos a vosso redor. Se estamos tristes e deprimidos e em dificuldade, poderíeis, se em bom estado de saúde, ter um cérebro lúcido para nos mostrar o caminho de saída, e falar-nos uma palavra de conforto. Mas se tendes o cérebro tão entorpecido por vossa errada maneira de vida que não nos podeis dar o conselho certo, porventura não sofreremos uma perda? Não nos afeta seriamente a vossa influência? MCP2 770 3 Podemos ter certo grau de confiança em nosso próprio juízo, todavia precisamos de conselheiros, pois "na multidão de conselheiros há segurança". Desejamos que nossa conduta pareça coerente aos que amamos, e desejamos buscar o seu conselho, e que eles sejam capazes de no-lo dar de cérebro claro. Mas que nos importa o vosso julgamento se o poder nervoso de vosso cérebro foi forçado ao máximo, e a vitalidade retirada do cérebro para cuidado do impróprio alimento posto no estômago, ou de uma enorme quantidade de alimento, mesmo que seja saudável? Que nos importa o julgamento de semelhantes pessoas? Eles julgam através de uma massa de alimento não digerido. Portanto, vossa maneira de viver nos afeta. É-vos impossível seguir qualquer procedimento errado sem causar sofrimento a outros. -- Testimonies for the Church 2:356, 357 (1870); Testemunhos Selectos 1:183, 184. Cuidado na aproximação MCP2 770 4 Os que... são descuidosos e bruscos ao aproximar-se das pessoas, mostrariam os mesmos defeitos de maneiras, a mesma falta de tato e habilidade ao tratar com as mentes, se ingressassem no ministério. -- Testimonies for the Church 5:399 (1885). Como falar de modo claro MCP2 771 1 Fui habilitada a dizer algumas coisas de modo muito claro àqueles que ficaram confusos. Não me atrevi a agir de outro modo senão dizer-lhes a verdade, pois que me fora dada uma mensagem para eles. -- Carta 271, 1903. Aprender a maneira de Cristo de lidar com a mente MCP2 771 2 Aprendei a lidar com a mente das pessoas como Cristo fazia. É preciso por vezes dizer coisas severas; estai, porém, certos de que o Espírito Santo de Deus vos está no coração, antes de proferirdes a positiva verdade; deixai-a então abrir seu caminho. Não deveis, vós, fazer o talho. -- General Conference Daily Bulletin, 13 de Abril de 1891; Mensagens Escolhidas 2:371. Os enfermos têm necessidades emocionais MCP2 771 3 A simpatia e o tato se demonstrarão freqüentemente um maior benefício ao enfermo do que o mais hábil tratamento executado de modo frio, indiferente. Quando um médico se aproxima do leito de um doente de maneira desatenta e negligente, olha para o aflito com pouco interesse, dando por palavras ou atos a impressão de que o caso não requer muito cuidado, para deixar em seguida o paciente entregue a suas reflexões, esse médico causou ao doente positivo dano. A dúvida e o desânimo produzidos por sua indiferença neutralizarão muitas vezes o bom efeito dos remédios por ele prescritos. -- A Ciência do Bom Viver, 244 (1905). Não exprobração, mas uma bondosa mão MCP2 771 4 Se vos encontrais com alguém cujas palavras ou atitudes mostrem estar ele separado de Deus, não o culpeis. Não é vosso dever condená-lo, mas chegai-vos bem perto ao seu lado, para ajudá-lo. A parábola da ovelha perdida precisa ser posta como uma divisa em todas as habitações. O Pastor Divino deixa as noventa e nove e sai para o deserto, a fim de buscar aquela que se perdeu. MCP2 771 5 Há mata espessa, há atoleiros e perigosas fendas nas rochas, e o Pastor sabe que, se a ovelha está em qualquer desses lugares, uma mão amiga tem de tirá-la. Quando Ele descobre a perdida, não a cumula de repreensões. Apenas Se alegra de a haver achado com vida. Quando Ele ouve o balido a distância, enfrenta toda e qualquer dificuldade a fim de salvar a Sua ovelha, que se achava perdida. Com mão firme mas gentil ele afasta os urzes e a retira do atoleiro; ternamente a ergue aos ombros e a leva de volta ao redil. O Redentor, puro e sem pecado, conduz a pecadora, a impura. -- Manuscrito 17, 1895. Aconselhamento sábio MCP2 772 1 Boa coisa é a simpatia, quando aplicada sabiamente, mas tem de ser comunicada sabendo que a pessoa merece simpatia. Que se poderá dizer, quanto a receber aviso e conselho? Provérbios 25:9-12: "Pleiteia a tua causa diretamente com o teu próximo, e não descubras o segredo de outrem. Para que não te vitupere aquele que te ouvir... Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Como pendentes e jóias de ouro puro, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento." MCP2 772 2 Quando nos podemos associar a outros para nos ajudar mutuamente rumo do Céu, quando a conversa trata de coisas divinas e celestiais, então vale a pena falar; se, porém, a conversa se centraliza no próprio eu e em coisas terrenas e sem importância, o silêncio é ouro. O ouvido obediente receberá a repreensão com humildade, paciência e docilidade. Só então é que nossas comunicações mútuas se demonstram benéficas e cumprem tudo que Deus delas espera. Quando se cumprem ambos os lados das instruções divinas, o sábio reprovador cumpre seu dever, e o ouvido obediente ouve com finalidade e é beneficiado. -- Carta 52, 1893; Filhos e Filhas de Deus, 164. O que quer que aconteça, ficai calmos e bondosos MCP2 772 3 Sempre surgirão coisas para aborrecer, confundir, e pôr à prova a paciência. ... Devem estar preparados para isso, e não ficar agitados ou impulsivos. Devem ser calmos e bondosos, o que quer que aconteça. ... Devem sempre reconhecer que estão tratando com homens e mulheres de mente enferma, que freqüentemente vêem as coisas de um ponto de vista pervertido e no entanto estão confiantes de que entendem os assuntos perfeitamente. -- Testimonies for the Church 3:182 (1872). Não espereis demais MCP2 773 1 Os ministros devem ser cuidadosos para não esperar demais das pessoas que ainda andam às apalpadelas nas trevas do erro. ... Devem ser pacientes e sábios ao tratar com mentes, lembrando-se de que múltiplas são as circunstâncias responsáveis por tão diversos traços nas pessoas. -- Testimonies for the Church 4:262 (1876). Atmosfera de paz MCP2 773 2 A primeiríssima obra, meus irmãos, é assegurar a bênção de Deus em vosso próprio coração. Então levai essa bênção para vosso lar, abandonai vossas críticas, vencei vossas maneiras exigentes, e deixai que prevaleça o espírito de boa disposição e bondade. A atmosfera de vosso lar irá convosco para o escritório, e uma paz celeste vos circundará a alma. Onde quer que reine o amor de Jesus, aí existe compassiva ternura e consideração aos outros. A mais preciosa obra em que se podem empenhar meus irmãos é a de cultivar um caráter semelhante ao de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:558, 559 (1889). Guiar para fontes de água viva MCP2 773 3 Aquele que busca dessedentar-se nas fontes deste mundo, beberá apenas para tornar a ter sede. Por toda parte estão os homens descontentes. Anseiam qualquer coisa que lhes supra a necessidade da alma. Unicamente Um lhes pode satisfazer essa necessidade. O que o mundo necessita é "o Desejado de todas as nações", é Cristo. A divina graça que só Ele pode comunicar, é uma água viva, purificadora, refrigerante e revigoradora da alma. -- O Desejado de Todas as Nações, 187 (1898). Compreendendo o ponto de vista humano MCP2 773 4 O juízo esclarecido nos compete a reconhecer que as coisas celestiais são superiores às coisas da Terra, e não obstante o depravado coração do homem o leva a dar precedência às coisas do mundo. As opiniões de grandes homens, as teorias da ciência, falsamente assim chamada, se amalgamam com as verdades da Santa Escritura. -- The Review and Herald, 24 de Novembro de 1891. O grande conselheiro MCP2 774 1 Ide a Deus com todas as vossas necessidades. Não vades a outros com vossas provas e tentações. Deus, somente, pode ajudar-vos. Se cumprirdes as condições das promessas de Deus, estas vos serão cumpridas. Se tendes a mente firme em Deus, não partireis de um estado de êxtase para o vale do desânimo quando vos vierem provas e tentações. Não falareis a outros sobre dúvidas e tristezas. Não direis: "Eu nada sei acerca disto ou daquilo. Não me sinto feliz. Não estou seguro de que possuímos a verdade." Não procedereis assim, pois tendes uma âncora para a alma, segura e firme. MCP2 774 2 Quando expressamos desânimo e tristeza, Satanás escuta com perversa alegria, pois agrada-lhe saber que ele vos tornou escravos seus. Satanás não pode ler nossos pensamentos, mas pode ver nossas ações, ouvir nossas palavras, e em virtude de seu longo conhecimento da família humana, pode adaptar suas tentações de modo a aproveitar-se de nossos pontos fracos de caráter. E quantas vezes nós lhe facultamos tomar conhecimento do segredo de como possa obter a vitória sobre nós! Oh, que controlássemos nossas palavras e ações! Quão fortes nos tornaríamos se nossas palavras fossem de tal ordem que não nos envergonhássemos de defrontar o registro delas no dia do juízo! Quão diferentes do que pareciam quando as pronunciamos, se apresentarão elas no dia de Deus! -- The Review and Herald, 19 de Maio de 1891. MCP2 774 3 Eis diante de vós o Poderoso Conselheiro de todos os séculos, convidando-vos a depositardes nEle a vossa confiança. Dar-Lhe-emos o desprezo para nos dirigirmos a incertos seres humanos, tão completamente dependentes de Deus como nós o somos? Decaímos tão abaixo de nossos privilégios? Não nos tornamos culpados de esperar tão pouco que não pedimos o que Deus está ansioso por nos dar? -- The Review and Herald, 9 de Junho de 1910. ------------------------Capítulo 86 -- Partilhar confidências A fidedignidade traz paz de espírito MCP2 775 1 Cristo indaga de todo aquele que professa o Seu nome: "Amas-Me?" Se amais a Jesus, amareis as almas pelas quais Ele morreu. Pode um homem não apresentar um exterior muito agradável, pode ser deficiente em muitos respeitos; se, porém, tem a reputação de retilínea honestidade, ele ganhará a confiança dos outros. O amor da verdade, a dependência e confiança que os homens podem nele depositar, removerão ou subjugarão os traços objetáveis de seu caráter. A fidedignidade em vossa posição e vocação, a boa vontade de negar-vos com a finalidade de levar benefício a outros, trará paz de espírito e o favor de Deus. -- Testimonies for the Church 4:353 (1879); Testemunhos Selectos 1:512. Reação à confiança traída MCP2 775 2 Até ao Juízo, ignorareis a influência de uma conduta bondosa e prudente para com os incoerentes, desarrazoados e indignos. Quando deparamos com a ingratidão e traição daqueles em quem depositávamos uma confiança sagrada, somos tentados a mostrar nosso ressentimento e indignação. É isso que o culpado espera e para que está preparado. Mas a bondosa paciência toma-o de surpresa, e muitas vezes desperta seus melhores impulsos, e faz-lhes nascer o desejo de uma vida mais nobre. -- A Ciência do Bom Viver, 495 (1805). Nosso confidente é Jesus MCP2 776 1 Poucos há que apreciam ou aproveitam devidamente o precioso privilégio da oração. Devemos ir ter com Jesus e dizer-Lhe todas as nossas necessidades. Podemos levar-Lhe nossos pequeninos cuidados e perplexidades, assim como nossas maiores aflições. O que quer que surja para nos perturbar ou pôr em apuros, devemos levar ao Senhor, em oração. Se sentimos a necessidade da presença de Cristo a cada passo, Satanás terá pouca oportunidade para intrometer suas tentações. É seu estudado empenho manter-nos afastados do nosso melhor e mais compassivo amigo. Não devemos fazer de ninguém nosso confidente senão de Jesus. Com segurança podemos confiar-Lhe tudo que temos no coração. -- Testimonies for the Church 5:200, 201 (1882). Uma advertência acerca de confissões MCP2 776 2 Nunca animeis outros a olharem para vós quanto a sabedoria. Quando os homens se dirigem a vós em busca de conselho, encaminhai-os Àquele que lê os motivos de todo coração. Deve penetrar em nossa obra ministerial um espírito diferente. Pessoa alguma deve agir como confessor; homem algum deve ser exaltado como supremo. Nossa obra é humilhar o próprio eu e exaltar a Cristo perante o povo. Depois de Sua ressurreição, o Salvador prometeu que Seu poder acompanharia todo aquele que saísse em Seu nome. Exaltados sejam esse poder e esse nome. Precisamos ter presente continuamente a oração de Cristo quando Ele rogou que o eu fosse santificado pela verdade e a justiça. -- Manuscrito 137, 1907; Mensagens Escolhidas 2:170. Não confesseis pecados secretos a humanos a menos que sejais dirigidos pelo Espírito Santo MCP2 776 3 Apresentai às pessoas que pedem as vossas orações, estes pensamentos: Somos humanos; não podemos ler-vos o coração ou conhecer os segredos de vossa vida. Estes são conhecidos apenas por vós mesmos e por Deus. MCP2 776 4 Se agora vos arrependeis do vosso pecado, se qualquer de vós puder ver que em certo sentido tem andado contrariamente à luz que Deus vos deu, e tem deixado de dar honra ao corpo, templo de Deus, mas por hábitos errôneos tem degradado o corpo que é propriedade de Cristo, confesse estas coisas a Deus. A não ser que o Espírito Santo opere em vós de maneira especial para confessardes ao homem os vossos pecados de natureza oculta, não os segredeis a nenhuma alma. -- Our Camp Meetings, 44, 45 (1892); Conselhos Sobre Saúde, 373, 374. Fazer de Deus o confessor do homem MCP2 777 1 Todos necessitam de experiência prática em confiar em Deus por si mesmos. Nenhum homem se torne vosso confessor; abri a Deus o coração; dizei-Lhe todo o segredo da alma. Levai-Lhe vossas dificuldades, pequenas ou grandes, e Ele vos há de mostrar um caminho para sair de todas elas. Somente ele pode saber dar-vos exatamente o auxílio de que necessitais. -- Obreiros Evangélicos, 418 (1915). Confessei a Deus; ele perdoou meu pecado MCP2 777 2 Não é louvável falar de nossa fraqueza e desânimo. Que cada qual diga: "Aflige-me ter cedido à tentação, e que minhas orações sejam tão débeis, minha fé tão fraca. Não tenho escusa a apresentar por ser anão em minha vida religiosa. Mas estou procurando obter a plenitude do caráter em Cristo. Tenho pecado, e todavia amo a Jesus. Tenho caído muitas vezes, e no entanto Ele me estendeu a mão para salvar-me. Contei-Lhe tudo acerca de meus erros. Tenho confessado com tristeza e vergonha tê-Lo desonrado. Tenho olhado à cruz, dizendo: Tudo isso Ele sofreu por mim. O Espírito Santo mostrou-me minha ingratidão, meu pecado em expor Cristo à ignomínia. Aquele que não conhece pecado perdoou meu pecado. Ele me chama para uma vida mais alta, mais nobre, e eu prossigo para as coisas que diante de mim estão." -- Manuscrito 161, 1897. Não há virtude especial em confessar ao homem MCP2 777 3 Espero que ninguém fique com a idéia de que estão obtendo o favor de Deus por confessar a seres humanos. Tem de haver na vida aquela fé que opera por amor e purifica a alma. O amor de Cristo subjugará as propensões carnais. A verdade não só traz em si mesma a evidência de sua origem celestial, mas prova que, pela graça do Espírito de Deus, ela é eficaz na purificação da alma. O Senhor deseja que vamos ter com Ele diariamente, com todas as nossas dificuldades e confissões de pecado, e Ele pode dar-nos descanso ao usarmos Seu jugo e levarmos Seu fardo. Seu Santo Espírito, com Sua afável influência, encherá a alma, e cada pensamento será levado cativo à obediência de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:648 (1889). O homem não confessar ao caído homem MCP2 778 1 Não é degradação para o homem, prostrar-se diante de seu Criador e confessar seus pecados e implorar perdão mediante os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido. É nobre reconhecerdes vosso erro diante dAquele a quem feristes pela transgressão e rebelião. Isto vos exalta diante dos homens e dos anjos; pois "quem a si mesmo se humilhar será exaltado". MCP2 778 2 Mas aquele que se prostra diante do caído homem e abre em confissão os secretos pensamentos e imaginações do coração, desonra a si mesmo, rebaixando sua varonilidade e degradando todos os nobres instintos de sua alma. ... É esta degradante confissão do homem para o caído homem que é responsável por muito do crescente mal que está corrompendo o mundo e adaptando-o para a destruição final. -- Testimonies for the Church 5:638, 639 (1889). Confissão aberta de pecados secretos semeia sementes do mal MCP2 778 3 Foi-me mostrado que muitas, muitas confissões nunca deveriam ser pronunciadas aos ouvidos de mortais; pois o resultado é tal que o limitado julgamento de seres finitos não antecipa. Sementes do mal são espalhadas na mente e coração dos que ouvem, e quando estão sob tentação, essas sementes germinarão e trarão fruto, e a mesma triste experiência se repetirá. Pois, pensa o tentado, esses pecados não podem ser tão ofensivos; pois não fazem essas mesmas coisas os que fizeram confissão -- cristãos de longa data? Assim, a confissão aberta desses pecados secretos na igreja, se demonstrará um cheiro de morte, e não de vida. -- Testimonies for the Church 5:645 (1889). Revelar segredos separa de Deus a alma MCP2 779 1 Vi que, quando irmãs dadas a muito falar se reúnem, geralmente Satanás está presente, pois ele encontra emprego. Ele está ao lado, para agitar a mente e tirar o maior proveito da vantagem conseguida. Ele sabe que toda essa tagarelice e mexeriquice e revelação de segredos e dissecação de caracteres separa de Deus a alma. É morte para a espiritualidade e para uma calma influência religiosa. MCP2 779 2 A irmã _____ peca muitíssimo com a língua. Deveria ela, por suas palavras, exercer uma influência para o bem, porém muitas vezes fala impensadamente. Às vezes suas palavras põem nas coisas uma construção que elas não têm. Às vezes há exagero. Outras vezes há afirmações errôneas. Não é que haja intenção de falsear, mas o hábito de muito falar, e falar sobre coisas inaproveitáveis, foi acalentado por tanto tempo que ela se tornou descuidosa e imprudente em suas palavras e muitas vezes ela mesma não sabe o que está afirmando. Ela destrói qualquer influência para o bem que poderia ter. É tempo de que haja inteira reforma nesse respeito. Sua companhia não tem sido prezada como seria se ela não tivesse condescendido com essa pecaminosa tagarelice. -- Testimonies for the Church 2:185, 186 (1868). Desabafar aflições em ouvidos humanos MCP2 779 3 Por vezes desabafamos nossas aflições em ouvidos humanos, contamos nossas dores aos que não nos podem ajudar, e negligenciamos confiar tudo a Jesus, que é capaz de transformar a dolorosa senda em caminhos de paz e alegria. -- The Signs of the Times, 17 de Março de 1887; Nossa Alta Vocação, 95. Acautelai-vos dos homens que não conhecem a Deus MCP2 779 4 Continuando as instruções aos discípulos, disse Jesus: "Acautelai-vos, porém, dos homens." Não deviam pôr implícita confiança naqueles que não conheciam a Deus, revelando-lhes seus desígnios; pois isso daria vantagem aos instrumentos de Satanás. As invenções humanas fazem muitas vezes malograr os planos de Deus. Os que constroem o templo do Senhor, devem fazê-lo em harmonia com o modelo mostrado no monte -- a semelhança divina. Deus é desonrado e o evangelho traído, quando Seus servos confiam no conselho de homens que não se acham sob a direção do Espírito Santo. A sabedoria mundana é loucura diante de Deus. Os que nela se apoiarem, hão de com certeza errar. -- O Desejado de Todas as Nações, 354 (1898). Não trair a confiança ou um santo legado MCP2 780 1 Virá uma crise a cada uma de nossas instituições. Estarão em operação influências contra elas, tanto por parte dos crentes como dos descrentes. Não deve haver agora traição da confiança ou legado sagrado, para benefício ou exaltação do próprio eu. Devemos constantemente vigiar nossa vida, com zeloso cuidado, do contrário daremos ao mundo impressão errada. Dizei-o, e agi de conformidade: "Sou cristão. Não posso agir segundo as máximas do mundo. Devo amar a Deus supremamente e a meu irmão como a mim mesmo. Não posso participar de qualquer arranjo, nem cooperar com ele -- se esse arranjo interferir, do modo mínimo que seja, com a minha utilidade, ou enfraquecer minha influência, ou destruir a confiança de quem quer que seja, nos instrumentos de Deus." -- Testimonies for the Church 5:479 (1889). ------------------------Capítulo 87 -- Psicologia e teologia Encontrado nas santas escrituras MCP2 781 1 Os verdadeiros princípios da psicologia encontram-se nas Escrituras Sagradas. O homem não reconhece quanto ele mesmo vale. Ele age de acordo com seu inconverso temperamento do caráter, porque não olha para Jesus, o Autor e Consumador de sua fé. Aquele que vai ter com Jesus, aquele que nEle crê e faz dEle seu exemplo, reconhece o sentido das palavras: "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." João 1:12. MCP2 781 2 Mas quando ele assume seu lugar aos pés de Jesus, ele é habilitado a ver espelhado em sua própria, ímpia e pecaminosa vida as terríveis profundezas da depravação nas quais pode cair o coração humano inconverso. Ele apanha um vislumbre do puro caráter dAquele que é sem pecado, um vislumbre da perfeição que é dada ao pecador arrependido e converso. Vestindo as brilhantes vestes do caráter do Redentor, ele se assenta com Cristo nos lugares celestiais. -- Manuscrito 121, 1902. Deus conhece exatamente a operação da mente humana MCP2 781 3 O Senhor Deus é exato e infalível em Seu entendimento. Ele compreende a operação da mente humana, os ativos princípios dos agentes humanos que formou, justamente como são influenciados pelos objetos que se lhes apresentam e de que modo eles agem sob qualquer tentação que lhes possa sobrevir, e em qualquer circunstância em que sejam colocados. MCP2 782 1 "Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e Ele considera todas as suas veredas." Provérbios 5:21. "Os olhos do Senhor estão em todo lugar." Provérbios 15:3. "Ele perscruta até as extremidades da Terra." Jó 28:24. "O Senhor esquadrinha todos os corações, e penetra todos os desígnios do pensamento." 1 Crônicas 28:9. Ele conhece as coisas que nos vem à mente, cada uma delas. "Não há criatura que não seja manifesta na Sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos dAquele a quem temos de prestar contas." Hebreus 4:13. -- Carta 18, 1895. Deus conhece todas as misteriosas atuações da mente humana MCP2 782 2 Não considerarão os homens como Deus olha as criaturas por Ele criadas? Ele formou a mente do homem. Nós não temos um pensamento nobre que não proceda dEle. Ele conhece todas as misteriosas atuações da mente humana, pois não foi Deus que a criou? Deus vê que o pecado envileceu e degradou o homem, mas Ele o olha com piedade e compaixão, pois vê que Satanás o tem em seu poder. -- Manuscrito 56, 1899; The S.D.A. Bible Commentary 6:1105. A religião traz paz e felicidade MCP2 782 3 As impressões deixadas na mente têm levado a considerar a religião prejudicial à saúde. Isto é errôneo e não deve ser cultivado. A religião pura traz paz, felicidade, contentamento. A piedade é proveitosa para esta vida e a vida por vir. -- Carta 1b, 1873. Sentar-se aos pés de Jesus, ou apoiar-se no entendimento humano MCP2 782 4 Cristo deve misturar-Se a todos os nossos pensamentos, sentimentos e afeições. Ele precisa ser exemplificado nos mínimos detalhes do serviço diário na obra que Ele nos deu a fazer. Quando, em lugar de apoiar-nos no entendimento humano ou de nos conformarmos com as máximas do mundo, nos sentamos aos pés de Jesus, bebendo sofregamente Suas palavras, aprendendo dEle e dizendo: "Senhor, que queres que faça?" nossa independência natural, nossa confiança em nós mesmos, nossa forte obstinação, transformar-se-ão num espírito infantil, submisso, dócil. Se mantivermos a devida relação com Deus, reconheceremos a autoridade de Cristo para dirigir-nos, e Seu direito a nossa incondicional obediência. -- Carta 186, 1902; Nossa Alta Vocação, 97. Misturar a ciência da verdadeira piedade com a ciência da filosofia mental MCP2 783 1 Ele não nos deu nenhuma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz destina-se a encaminhar as mentes confusas a Sua Palavra, que, se comida e digerida, é como o sangue vital da alma. Então se verão as boas obras como luz brilhando nas trevas. MCP2 783 2 Se, enquanto estudavas a ciência da filosofia mental, tivesses estudado diligentemente a ciência da verdadeira piedade, tua experiência seria bem diferente do que é. Por que te volveste das puras correntes do Líbano para sorver as escuras águas da planície -- o engano das invenções humanas? O coração carece de um poder que só se encontra na Palavra de Deus. Esse poder é o pão da vida, que, comendo dele, o homem viverá para sempre. Não deve ele meramente provar ocasionalmente do pão que desce do Céu. Deve viver das palavras que são espírito e vida para o recebedor. O sincero tomar posse da verdade, o apropriar-se pessoalmente das palavras de Cristo, opera uma transformação no caráter. -- Carta 130, 1901. O Espírito Santo preenche a mente purificada MCP2 783 3 Necessitamos estar continuamente a encher a mente de Cristo, e esvaziando-a do egoísmo e do pecado. ... Com igual segurança, à medida que esvaziardes a mente da vaidade e frivolidade, o vácuo será preenchido por aquilo que Deus está esperando para dar-vos -- Seu Espírito Santo. Então, do bom tesouro do coração tirareis coisas boas, preciosas gemas de pensamento, e outros apanharão as palavras. ... Vossos pensamentos e afeições permanecerão em Cristo, e refletireis em outros o que irradiou sobre vós do Sol da Justiça. -- The Review and Herald, 15 de Março de 1892; Nossa Alta Vocação, 113. Os princípios aplicam-se a todas as circunstâncias MCP2 784 1 O Senhor emitiu Sua voz em Sua Santa Palavra. Essas benditas páginas são repletas de instrução e vida em harmoniosos sons de verdade. São perfeita regra de conduta. São dadas instruções, expostos princípios que se aplicam a todas as circunstâncias da vida, embora possa acontecer que algum caso especial não seja mencionado. Não é deixada sem ser revelada, coisa alguma que seja necessária a um completo sistema de fé e uma linha de práticas. Todo dever que Deus requer de nossas mãos é esclarecido; e se alguém perde a vida eterna, será porque ele era presunçoso, confiante em si, cheio de vãos conceitos, não confiando somente nos méritos do sangue de Cristo, para salvação. Não se desviará da reta vereda nenhum dos que humilde e honestamente tomarem a Bíblia como guia, fazendo dela seu conselheiro. -- Carta 34, 1891. A verdade é um princípio atuante MCP2 784 2 A verdade é um princípio ativo, operante, moldando o coração e a vida, de maneira que haja constante ascensão. ... Em todo degrau a subir, a vontade adquire nova fonte de ação. O tono moral vai-se tornando mais como a mente e o caráter de Cristo. O cristão progressivo possui graça e amor que excedem ao conhecimento, pois a visão divina do caráter de Cristo apodera-se profundamente de seus afetos. A glória de Deus, revelada no topo da escada, só pode ser apreciada pelo que a vai galgando progressivamente, que sempre é atraído para mais alto, a mais nobres objetivos revelados por Cristo. Todas as faculdades do espírito e do corpo precisam ser convocadas. -- Manuscrito 13, 1884; Nossa Alta Vocação, 110. Aproximação positiva MCP2 784 3 O Céu observa o que leva consigo uma atmosfera de paz e amor. Tal pessoa receberá seu galardão. Ela subsistirá no grande dia do Senhor. -- Manuscrito 26, 1886; Nossa Alta Vocação, 232. Conselho e preparo não devem excluir o relacionamento individual com Deus MCP2 785 1 Mas conquanto a educação, o preparo e o conselho dos que têm experiência sejam todos necessários, deve-se ensinar aos obreiros que não se apóiem inteiramente no juízo de qualquer homem. Como livres agentes de Deus, todos devem dEle pedir sabedoria. Quando o discípulo confia inteiramente nos pensamentos de outro e não vai mais além do que lhe aceitar os planos, ele só vê através dos olhos daquele homem e, até certo ponto, é apenas um eco de outro. Deus trata com os homens como seres responsáveis. Ele, por Seu Espírito atuará através da mente que Ele pôs no homem, contanto que o homem Lhe dê oportunidade de operar e reconheça o Seu trato. É Seu plano que cada um use por si mesmo a mente e a consciência. Não é invenção Sua que um homem se torne a sombra de outro, tão-somente externando os sentimentos de outro. -- Testimonies for the Church 5:724, 725 (1889). Deus sanciona a mais alta cultura da mente MCP2 785 2 A mais alta cultura do espírito, se santificada mediante o amor e o temor de Deus, recebe Sua inteira aprovação. Os humildes homens escolhidos por Cristo estiveram com Ele por três anos, sujeitos à enobrecedora influência da Majestade do Céu. Cristo foi o maior educador que o mundo já conheceu. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1877; Fundamentos da Educação Cristã, 47. A mente é a fonte de todas as ações, boas ou más MCP2 785 3 Ele preparou esta morada viva para a mente; ela é "primorosamente tecida", um templo que o Senhor mesmo preparou para habitação de Seu Santo Espírito. A mente rege o homem todo. Todas as nossas ações, quer sejam boas ou más, originam-se na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. No entanto muitos passam toda a vida sem instruir-se acerca do escrínio que contém esse tesouro. -- Special Testimonies on Education, 11 de Maio de 1896, p. 33; Fundamentos da Educação Cristã, 426. Dirigido pelo céu, ou pervertido MCP2 785 4 O intelecto, enobrecido, purificado, dirigido rumo ao Céu, é o universal poder para construir o reino de Deus. O intelecto pervertido tem influência exatamente oposta; é uma corrupção do poder humano legado em confiança, para ser multiplicado em fervoroso labor para o bem. Ele engana e destrói. MCP2 786 1 Deus deu ao homem suficiente talento para torná-lo capaz e sábio para promover, e positiva e graciosamente representar, as maravilhosas obras do Senhor a todos os que O amam e obedecem aos Seus mandamentos. Ele deseja que o homem obedeça aos Seus mandamentos, porque isto é para a saúde e vida de todos os seres humanos. MCP2 786 2 Talentos dados em confiança representam uma responsabilidade sagrada. Homem algum precisa cobiçar talentos a menos que, mediante fervorosa oração pedindo a sabedoria do alto -- que assegurará a devida apropriação de todas as capacidades que Deus lhe deu -- ele decida honrar e glorificar a Deus com os talentos concedidos. Receber a sagrada luz dada por Deus, crer nela e comunicá-la aos que estão nas trevas do erro, é assunto maravilhoso; pois se é abnegada e interessadamente comunicada para ajudar e abençoar e salvar almas a perecer, então ela concede ao obreiro fiel tesouros celestes que o tornam mais que milionário no Céu. Ele é herdeiro de Deus, co-herdeiro de Jesus Cristo, a um eterno peso de glória. -- Manuscrito 63, 1900. O homem criado para nobres propósitos MCP2 786 3 É a verdadeira elevação da mente, não uma afetação de superioridade, que faz o homem. O justo cultivo das faculdades mentais faz do homem tudo que ele é. Essas enobrecedoras faculdades são concedidas para ajudar a formação do caráter para a vida futura, imortal. O homem foi criado para um mais alto, mais santo estado de fruição do que este mundo pode oferecer. Foi criado à imagem de Deus, para altos e nobres propósitos, esses que empenham a atenção dos anjos. -- Testimonies for the Church 4:438 (1880). A corrente de pensamentos tem de ser mudada MCP2 786 4 A mente de muitos assume tão baixo nível que Deus não pode operar por eles ou com eles. A corrente do pensamento tem de ser mudada, as sensibilidades morais têm de ser alertadas, de modo a sentir os direitos de Deus. A suma essência da verdadeira religião é possuir e reconhecer continuamente -- por palavras, pelo vestuário, pelo comportamento -- nosso relacionamento com Deus. A humildade deve tomar o lugar do orgulho; a sobriedade, da leviandade; e a devoção, da irreligião e descuidosa indiferença. -- Testimonies for the Church 4:582 (1881). A mente motiva o serviço MCP2 787 1 Vi que, através do verão passado, o espírito que prevaleceu foi a ganância de agarrar o mais possível deste mundo. Os mandamentos de Deus não foram guardados. Com a mente servimos à lei de Deus, mas a mente de muitos tem estado a servir ao mundo. E enquanto as mentes todas se ocupavam com as coisas da Terra, servindo-se a si mesmos, não podiam servir à lei de Deus. -- Testimonies for the Church 1:150 (1857). O serviço que Deus aceita MCP2 787 2 Muitos acham que suas deficiências de caráter lhes torne impossível satisfazer a norma que Cristo erigiu, mas tudo que esses têm de fazer é humilhar-se a cada passo, sob a poderosa mão de Deus. Cristo não avalia o homem pela quantidade de trabalho que faz, mas pelo espírito no qual é executado o trabalho. MCP2 787 3 Quando Ele vê homens erguendo os fardos, procurando carregá-los em humildade de espírito, desconfiando de si mesmos e apoiando-se nEle, Ele acrescenta ao trabalho deles a Sua perfeição e competência, e o trabalho é aceito pelo Pai. Somos aceitos no Amado. Os defeitos do pecador são cobertos pela perfeição e plenitude do Senhor justiça nossa. Aqueles que, de vontade sincera e coração contrito empenham humildes esforços para viver à altura do que Deus requer, são pelo Pai olhados com compassivo, terno amor; Ele os considera como filhos obedientes, e é-lhes imputada a justiça de Cristo. -- Carta 4, 1889. Conhecer a Cristo traz vigor mental MCP2 787 4 Cristo é a fonte da vida. O que muitos necessitam, é possuir dEle mais clara compreensão; precisam ser paciente, bondosa e todavia fervorosamente ensinados quanto à maneira em que podem abrir inteiramente o ser às curativas forças celestes. Quando a luz solar do amor de Deus ilumina as mais escuras câmaras da alma, cessam o desassossego, a fadiga e o descontentamento, e satisfatórias alegrias virão dar vigor à mente, saúde e energia ao corpo. -- A Ciência do Bom Viver, 247 (1905). Com Cristo não pode haver coisa como fracasso MCP2 788 1 A onipotente força do Espírito Santo é a defesa de toda alma contrita. A ninguém que, em arrependimento e fé, haja invocado Sua proteção, permitirá Cristo que caia sob o poder do inimigo. O Salvador Se acha ao lado de Suas criaturas tentadas e provadas. Com Ele não pode haver coisa como fracasso, perda, impossibilidade ou derrota; podemos fazer todas as coisas por meio dAquele que nos fortalece. -- O Desejado de Todas as Nações, 490 (1898). ------------------------Capítulo 88 -- Influências negativas sobre a mente Abandonar toda a crítica MCP2 789 1 Devemos estar arrancando de nossos pensamentos todas as ervas ruins da murmuração e da crítica. Não continuemos a olhar para qualquer defeito que vejamos. ... Se nos quisermos apegar devidamente a Deus, precisamos continuar olhando às grandes e preciosas coisas -- a pureza, a glória, o poder, a bondade, a afeição, o amor que Deus nos concede. E assim contemplando, nossa mente se fixará nestas coisas de interesse eterno de tal modo que não teremos nenhum desejo de achar defeitos nos outros. -- Manuscrito 153, 1907; Nossa Alta Vocação, 230. Inclinamo-nos a lembrar o negativo MCP2 789 2 Precisamos aprender a dar a melhor interpretação possível à conduta duvidosa de outros. ... Se sempre estamos suspeitando mal, estamos em risco de criar o que nos permitimos suspeitar. ... Não podemos passar sem que por vezes nossos sentimentos se magoem e nosso temperamento seja provado, mas como cristãos temos de ser justo tão pacientes, tolerantes, humildes e mansos como desejamos que os outros sejam. MCP2 789 3 Oh, quantos milhares de ações e feitos de bondade que recebemos... nos passam da memória como o orvalho desaparece ante o sol, ao passo que as ofensas imaginárias ou reais deixam uma impressão quase impossível de apagar-se! O melhor exemplo a dar aos outros é sermos nós mesmos justos, e depois, deixemo-nos a nós mesmos e nossa reputação, com Deus, e não mostremos demasiado grande ansiedade de justificar toda impressão errônea e apresentar nosso caso num aspecto favorável. -- Carta 25, 1870; Nossa Alta Vocação, 235. A imagem que estudamos muda nossa vida MCP2 790 1 Tudo quanto nos leva a ver as fraquezas da humanidade está no desígnio do Senhor para nos ajudar a olhar para Ele, e em caso algum pôr a confiança no homem, ou fazer da carne nosso braço. ... Transformamo-nos na imagem daquilo em que demoramos o olhar. Portanto, quão importante é abrir o coração às coisas que são verdadeiras e amáveis e de boa fama! -- Carta 63, 1893; Nossa Alta Vocação, 246. Lembrar a fragilidade humana MCP2 790 2 Ao tratar com nossos semelhantes devemos todos considerar que eles têm paixões iguais às nossas, sentindo as mesmas fraquezas e sofrendo as mesmas tentações. Como nós eles têm uma luta com a vida, caso queiram manter sua integridade. ... A verdadeira cortesia cristã une e aperfeiçoa tanto a justiça como a delicadeza, e a misericórdia e o amor fazem o acabamento, dando os mais delicados toques e mais graciosos atrativos ao caráter. -- Carta 25, 1870; Nossa Alta Vocação, 234. Não erguer barreiras MCP2 790 3 O Senhor quer que Seu povo siga outros métodos que não o de condenar o erro, embora seja justa a condenação. Ele quer que façamos algo mais do que arremessar aos nossos adversários acusações que tão-só os empurram para mais longe da verdade. A obra que Cristo veio fazer em nosso mundo não foi erguer barreiras e constantemente lançar ao povo o fato de que estavam em erro. Aquele que espera iluminar um povo iludido tem de aproximar-se dele e com amor por ele labutar. Ele tem de tornar-se um centro de santa influência. -- Obreiros Evangélicos, 373 (1915). Vencer suscetibilidades MCP2 790 4 Muitos têm uma viva, não santificada suscetibilidade, que está sempre alerta a alguma palavra, algum olhar ou ato a que possam dar o sentido de falta de respeito e apreciação. Tudo isto deve ser vencido. Toda pessoa deve ir avante no temor de Deus, fazendo o melhor que lhe seja possível, sem se perturbar por louvores ou ofender por censuras, servindo a Deus fervorosamente, e aprendendo a dar a interpretação mais favorável a tudo quanto pareça ofensivo da parte dos outros. -- Manuscrito 24, 1887; Nossa Alta Vocação, 238. Não procurar ressentimentos MCP2 791 1 Julgar nossos irmãos, permitir a nutrição de sentimentos contra eles, mesmo que achemos que não procederam bem direito para conosco, não trará bênção a nosso coração, e não ajudará absolutamente o caso. Não ouso permitir que meus sentimentos se soltem no sentido de procurar todos os meus ressentimentos e falar disso repetidamente, demorando na atmosfera da desconfiança, da inimizade e da dissensão. -- Carta 74, 1888; Nossa Alta Vocação, 237. Perda de consciente integridade MCP2 791 2 Quando perdeis vossa consciente integridade, vossa alma se torna um campo de batalha para o inimigo; tendes dúvidas e temores suficientes para vos paralisarem as energias e vos impelirem ao desânimo. -- Carta 14, 1885; Nossa Alta Vocação, 92. Obra especial de Satanás, causar dissensão MCP2 791 3 A negligência em cultivar terna consideração e tolerância uns pelos outros, tem causado dissensões, desconfianças, censuras e desunião geral; Deus nos convida a deixar este grande pecado e esforçar-nos para atender à oração de Cristo, de que Seus discípulos sejam um assim como Ele é Um com o Pai. ... É o trabalho especial de Satanás ocasionar dissensão, ... para que o mundo seja privado do mais poderoso testemunho que os cristãos lhe podem dar, de que Deus mandou Seu Filho para pôr em harmonia espíritos turbulentos, orgulhosos, invejosos, ciumentos, fanáticos. -- Carta 25, 1870; Nossa Alta Vocação, 235. Forças emocionais negativas perturbam todo o ser MCP2 792 1 A inveja e o ciúme são moléstias que perturbam todas as faculdades do ser. Originaram-se com Satanás, no Paraíso. ... Os que lhe escutam a voz desmerecerão os outros, e deturparão e falsificarão a fim de se apresentarem bem a si mesmos. Mas coisa alguma que contamine poderá entrar no Céu, e a menos que os que nutrem esse espírito se mudem, jamais poderão ali entrar, pois criticariam os anjos. Invejariam a coroa dos outros. Não saberiam em que conversar a menos que salientassem as imperfeições e erros dos demais. -- The Review and Herald, 14 de Setembro de 1897; Nossa Alta Vocação, 232. Temperamento profano põe em perigo a mente e a vida do evangelista MCP2 792 2 Tua exibição de temperamento profano, mesmo em reuniões do povo de Deus está pondo em perigo tua mente e vida. Pergunta a ti mesmo: Valerá a pena eu prosseguir do jeito que tenho andado, em luta e contenção? -- Carta 21, 1901. Quando é perdido o poder de Deus MCP2 792 3 Os homens e mulheres foram comprados por preço, e que preço! A própria vida do Filho de Deus. Que coisa terrível é colocarem-se eles numa posição em que seu poder físico, mental e moral é corrompido, onde perdem seu vigor e pureza! Semelhantes homens e mulheres não podem oferecer a Deus um sacrifício aceitável. MCP2 792 4 Pela perversão dos apetites e paixões, o homem perdeu o poder de Deus e tornou-se instrumento da injustiça. Todo o ser está enfermo -- corpo, alma e espírito. Providenciou-se, porém, um remédio para a santificação da humanidade. A mente e o corpo profanos são purificados. Foi tomada uma providência maravilhosa pela qual podemos receber perdão e salvação. -- Carta 139, 1898. MCP2 792 5 O que observa a simplicidade em todos os seus hábitos, restringindo o apetite e controlando as paixões, poderá conservar suas faculdades mentais robustas, ativas e vigorosas, prontas na percepção de tudo quanto exija pensamento ou ação, vivas para discernir entre o santo e o profano, e prontas a se empenhar em todo empreendimento para glória de Deus e benefício da humanidade. -- The Signs of the Times, 29 de Setembro de 1881; Filhos e Filhas de Deus, 86. Aos que caem, falta a atitude mental sadia MCP2 793 1 Os que caem nas ciladas de Satanás não chegaram ainda a uma atitude mental sadia. Ficam ofuscados, são cheios de si, presumidos. Oh, com que tristeza o Senhor os observa e ouve suas palavras empoladas! São inflados de orgulho. O inimigo os contempla com surpresa ao vê-los levados cativos com tanta facilidade. -- Carta 126, 1906. Excesso de confiança, cilada do inimigo MCP2 793 2 Como é vão o auxílio do homem, quando o poder de Satanás é exercido sobre um ser humano que se tomou de exaltação própria e que não sabe que está participando da ciência de Satanás! Entregue à confiança própria ele caminha direito para a cilada do inimigo e é preso. Não levou a sério as advertências dadas e Satanás o levou como presa sua. Se ele tivesse andado humildemente com Deus, teria corrido direito para o lugar de encontro que Deus lhe provera. Assim, em tempos de perigo estaria seguro, pois Deus ter-lhe-ia erguido um estandarte contra o inimigo. -- Carta 126, 1906. O coração é por natureza perverso MCP2 793 3 Precisamos lembrar que nosso coração é por natureza depravado, e somos de nós mesmos incapazes de seguir reta direção. E unicamente pela graça de Deus aliada aos mais diligentes esforços de nossa parte, que podemos obter a vitória. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1881; Nossa Alta Vocação, 109. Maus hábitos impedem o desenvolvimento MCP2 793 4 Qualquer hábito ou prática que enfraquecer a energia dos nervos e do cérebro, ou a resistência física, incapacita para o exercício da próxima graça a seguir à temperança -- a paciência. -- Manuscrito 13, 1884; Nossa Alta Vocação, 67. Mentes preguiçosas, indisciplinadas MCP2 794 1 Deus não quer que nos contentemos com uma mente preguiçosa, indisciplinada, pensamentos obtusos e memória frouxa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 506 (1913), [no inglês]. Atravessando a vida com disposição contrária ao mundo MCP2 794 2 A maioria desses indisciplinados passam através da vida com disposição contrária ao mundo, consignando um fracasso onde deveriam ter sido bem-sucedidos. Crescem achando que o mundo lhes tem má vontade por isso que não os lisonjeia nem acaricia, e eles se vingam tendo má vontade para com o mundo e desafiando-o. As circunstâncias às vezes os obrigam a afetar uma humildade que não sentem; mas não os prepara com uma graça natural, e seu caráter verdadeiro certamente será exposto mais cedo ou mais tarde. -- Testimonies for the Church 4:202 (1876). Examinar cada hábito e prática MCP2 794 3 Homens e mulheres devem ser ensinados a examinar cuidadosamente cada hábito e prática, e de uma vez por todas afastar tudo que, produzindo uma condição insalubre do corpo, lança sobre a mente uma escura sombra. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901; Beneficência Social, 127, 128. Que fazer com a dúvida MCP2 794 4 Mesmo os cristãos de longa experiência são muitas vezes assaltados pelas mais terríveis dúvidas e vacilações. ... Não deveis considerar que por causa dessas tentações vosso caso seja sem esperança. ... Esperai em Deus, confiai nEle e repousai em Suas promessas. -- Carta 82, 1889; Nossa Alta Vocação, 84. MCP2 794 5 Ao vir o inimigo com as suas dúvidas e incredulidades, cerrai-lhe a porta do coração. Fechai os olhos de maneira que não demoreis em sua sombra infernal. Erguei-os para onde eles possam contemplar as coisas eternas, e tereis força a cada hora. A prova de vossa fé é muito mais preciosa do que o ouro. ... Ela vos torna valentes para combater as batalhas do Senhor. ... MCP2 794 6 Não vos podeis permitir deixar que quaisquer dúvidas vos penetrem no espírito. Não deis a Satanás o prazer de falar acerca dos terríveis fardos que estais suportando. Toda vez que o fazeis, ele ri de que vos possa controlar e de que tenhais perdido de vista a Jesus Cristo, vosso Redentor. -- Manuscrito 17, 1894; Nossa Alta Vocação, 84. A repetição enfraquece o poder de resistência MCP2 795 1 Homem algum pode, uma vez que seja, consagrar as faculdades que lhe foram dadas por Deus ao serviço da mundanidade ou do orgulho, sem se colocar no terreno do inimigo. ... Cada repetição do pecado, enfraquece-lhe o poder de resistência, cega-lhe os olhos e abafa a convicção. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1882; Nossa Alta Vocação, 158. Animar os desanimados MCP2 795 2 Ao trabalhar em favor das vítimas de maus hábitos, em lugar de lhes apontar ao desespero e à ruína para a qual se precipitam, fazei-os volver os olhos a Jesus. Fazei-os fixá-los nas glórias do celestial. Isto fará mais pela salvação do corpo e da alma, do que farão todos os terrores da sepultura quando postos diante dos destituídos de força e, aparentemente, de esperanças. -- A Ciência do Bom Viver, 62, 63 (1905). Assuntos infrutíferos, consumidores de tempo MCP2 795 3 Devemos desviar-nos de mil assuntos que nos convidam a atenção. Há assuntos que nos consomem tempo e suscitam indagações, mas acabam em nada. Os mais elevados interesses exigem a acurada atenção e a energia que são tantas vezes dispensadas a coisas relativamente insignificantes. MCP2 795 4 O aceitar teorias novas não traz em si nova vida à alma. Mesmo o relacionar-se com fatos e teorias importantes em si mesmos, é de pouco valor a não ser que sejam postos em uso prático. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar à própria alma alimento que nutra e incentive a vida espiritual. -- A Ciência do Bom Viver, 456 (1905). Viver com um propósito MCP2 795 5 Devemos viver para o mundo vindouro. É tão indigno viver uma vida ao acaso, destituída de objetivo! Carecemos de uma finalidade na vida -- viver com um desígnio. Deus nos ajude todos a ser abnegados, menos cuidadosos por nós mesmos, mais esquecidos de nosso eu e dos interesses egoístas; e a fazer bem, não pela honra que esperamos receber aqui, mas porque isto é o objetivo de nossa vida e corresponderá ao fim de nossa existência. Ascendam diariamente nossas orações a Deus para que Ele nos despoje do egoísmo. -- Carta 17, 1872; Nossa Alta Vocação, 240. ------------------------Capítulo 89 -- Influências positivas sobre a mente A gratidão promove a saúde MCP2 797 1 Coisa alguma tende mais a promover a saúde do corpo e da alma, do que um espírito de gratidão e louvor. É positivo dever resistir à melancolia, às idéias e sentimentos de descontentamento -- dever tão grande como é orar. -- A Ciência do Bom Viver, 251 (1905). Donos de capacidades mentais e físicas MCP2 797 2 Quão natural é considerar-nos inteiros donos de nós mesmos! Mas a Palavra Inspirada declara: "Não sois de vós mesmos. ... Fostes comprados por bom preço." 1 Coríntios 6:19, 20. ... Em nossas relações com os semelhantes, somos donos das faculdades físicas e mentais que nos foram confiadas. Em nossas relações com Deus recebemos por empréstimo, somos mordomos de Sua graça. -- Carta 44, 1900; Nossa Alta Vocação, 40. Alvo de atingir um estado de unidade MCP2 797 3 É vontade de Deus que a união e o amor fraternal existam entre Seu povo. A oração de Cristo, precisamente antes de Sua crucifixão foi para que Seus discípulos fossem um como Ele é Um com o Pai, a fim de que o mundo pudesse crer que Deus O enviara. Essa oração mui tocante e maravilhosa atravessa os séculos, até mesmo aos nossos dias; pois Suas palavras foram: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim." João 17:20. MCP2 798 1 Conquanto não devamos sacrificar um único princípio da verdade, deveria ser nosso constante objetivo atingir este estado de unidade. Esta é a prova de nosso discipulado. Disse Jesus: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." João 13:35. O apóstolo Pedro exorta a igreja: "Sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos." 1 Pedro 3:8. -- Patriarcas e Profetas, 520 (1890). Aproveitar o positivo do ambiente MCP2 798 2 Todos vós já vistes, na superfície do lago, o lindo e alvo lírio. Como ficamos ansiosos, quanto desejamos aquela flor, e nos empenhamos em consegui-la! Não importa quanta espuma, entulho e imundície há em volta, isso não destrói nosso desejo de possuir o lírio. Admiramo-nos de que o lírio possa ser tão lindo e alvo onde há tanta imundície. MCP2 798 3 Bem, há uma haste que toca as áureas areias embaixo, e não absorve nada senão a mais pura substância que alimenta o lírio até que se torne a flor pura e imaculada, como a vemos. Não deveria isto ensinar-nos uma lição? Por certo! Mostra que, apesar de haver iniqüidade em toda a nossa volta, dela não nos devemos aproximar. Não faleis na iniqüidade e impiedade que há no mundo, mas elevai a mente e falai em vosso Salvador. Quando vedes iniqüidade em todo o redor, isso vos torna tanto mais alegres por ser Ele vosso Salvador, e nós filhos Seus. MCP2 798 4 Então, deveremos olhar para a iniqüidade em volta e demorar-nos a falar no lado escuro? Não podeis saná-la; então, falai de algo mais elevado, melhor e mais nobre. Falai nas coisas que deixem boa impressão na mente, e isto erguerá toda alma, desta iniqüidade para a luz além. -- Manuscrito 7, 1888. Contar as bênçãos MCP2 798 5 Se toda a energia mal empregada fosse consagrada ao supremo objetivo -- as ricas provisões da graça de Deus nesta vida -- que testemunhos poderíamos pendurar nas salas da memória para relembrarem as misericórdias e favores de Deus!... Então levaríamos conosco como princípio estável o hábito de acumular tesouros espirituais com o mesmo zelo e perseverança com que os que aspiram a coisas mundanas trabalham pelo terreno e temporal. MCP2 799 1 Bem podeis estar descontentes com a provisão atual, uma vez que o Senhor tem um Céu de bem-aventurança e um tesouro de coisas boas e aprazíveis para satisfazer as necessidades da alma. Precisamos hoje de mais graça, precisamos hoje de uma renovação do amor de Deus e sinais de Sua bondade, e Ele não negará estes bons e celestiais tesouros ao que sinceramente os buscar. -- Manuscrito 22, 1889; Nossa Alta Vocação, 186. A retribuição corresponder aos dons MCP2 799 2 Cada servo tem algum legado pelo qual é responsável, e os vários legados são proporcionais a nossas várias capacidades. Dispensando Seus dons, Deus não agiu com parcialidade. Ele distribuiu os talentos de acordo com as forças conhecidas de Seus servos, e Ele espera retribuição correspondente. -- Testimonies for the Church 2:282 (1869). Compreender o devido uso das capacidades mentais e físicas MCP2 799 3 O tempo deve ser empregado judiciosamente, diligentemente, e sob a santificação do Espírito Santo. Cumpre-nos compreender exatamente o que é direito e o que é errado fazer-se com a propriedade, e com as capacidades físicas e mentais. Deus tem positivo direito de propriedade sobre cada faculdade que confiou ao instrumento humano. Por Sua própria sabedoria Ele estabelece as condições do emprego por parte do homem quanto a todo dom divino. Abençoará o devido uso de toda faculdade empregada para glória de Seu nome. MCP2 799 4 O talento da palavra, da memória, da propriedade, devem todos convergir para glória de Deus, para o progresso de Seu reino. Deus nos deixou encarregados de Seus bens em Sua ausência. Cada mordomo tem sua obra especial a fazer em promover o reino de Deus. Ninguém tem desculpa. -- Carta 44, 1900; Nossa Alta Vocação, 38. Deus dá os talentos, o homem cultiva a mente MCP2 800 1 Cumpre-nos cultivar os talentos a nós dados por Deus. Eles são dons de Sua mão, e devem ser usados em sua devida relação uns para com os outros, de modo a formarem um todo perfeito. Deus dá os talentos, as faculdades mentais; o homem forma o caráter. A mente é o jardim do Senhor, e o homem deve cultivá-la diligentemente a fim de formar um caráter segundo a semelhança divina. -- Carta 73, 1899; Nossa Alta Vocação, 104. Incapacidade produzida pela inatividade MCP2 800 2 Muitos dos que se eximem de trabalhar para Cristo alegam sua incapacidade para a obra. Fê-los, porém, Deus assim incapazes? Não, nunca. Esta incapacidade é o produto da sua própria inércia, e perpetuada por sua deliberada escolha. Já em seu próprio caráter reconhecem o efeito da sentença: "Tirai-lhe pois o talento." MCP2 800 3 O contínuo mau emprego de seus talentos extinguir-lhes-á definitivamente o Espírito Santo, que é a única luz. A sentença: "Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores" (Mateus 25:30), imprime o selo do Céu sobre a escolha que eles mesmos fizeram para a eternidade. -- Parábolas de Jesus, 365 (1900). União de diversos elementos MCP2 800 4 Unidade na diversidade é plano de Deus. Deve haver entre os seguidores de Cristo a união de diversos elementos, um adaptado ao outro, fazendo cada um sua obra especial para Deus. Cada indivíduo tem seu lugar no completar um grande plano que traz o cunho da imagem de Cristo. ... Um é apto para executar certa obra, outro tem um trabalho diferente para o qual possui aptidões, e outro ainda um ramo diverso; mas cada um deve ser o complemento dos outros. ... O Espírito de Deus, operando nos vários elementos e por meio deles, produzirá harmonia de ação. ... Deve haver apenas um espírito dominante -- o Espírito dAquele que é infinito em sabedoria, e no qual todos os vários elementos se reúnem, em bela e incomparável unidade. -- Carta 78, 1894; Nossa Alta Vocação, 167. O coração revelado no caráter MCP2 801 1 O que quer que sejamos no coração manifestar-se-á no caráter, e terá influência em todos com quem nos associarmos. Nossas palavras, nossas ações, são cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. E no juízo seremos levados face a face com aqueles a quem poderíamos haver ajudado a seguir caminhos retos, seguros, por meio de palavras escolhidas, por conselhos, caso tivéssemos dia a dia comunhão com Deus e um interesse vivo, permanente na salvação de sua alma. -- Carta 27, 1892; Nossa Alta Vocação, 239. Energia elétrica em outras mentes (conselho a um homem apático) MCP2 801 2 Deves cultivar a energia de caráter, pois o exemplo de um homem ativo é de vasto alcance e estimula à imitação. Ele dir-se-ia que tivesse uma energia elétrica sobre outras mentes. Os homens fervorosos são poucos em nosso mundo. Obstáculos e barreiras depararão a todo obreiro de Deus. Mas os homens devem ter iniciativa. O obreiro enérgico, fervoroso não permitirá que seu caminho seja impedido. Ele forçará as barreiras. MCP2 801 3 Falta a ti uma energia constante, uniforme, tenaz. Deves disciplinar-te. Faze uma mudança completa. Põe em campo ação vigorosa e vence todos os sentimentos infantis. Tens tido demasiada pena de ti mesmo. Deves tomar a firme decisão de que a vida não passe contigo a ocupar-te com bagatelas. Deves determinar-te a realizar alguma coisa e então pôr mãos à obra. Tens boas resoluções. Sempre pretendes fazer alguma coisa mas não te lanças a fazê-la. Muito de tua ação se reduz a palavras e não ação. Terias muito melhor saúde se exercesses mais vigorosa energia e realizasses alguma coisa a despeito dos obstáculos. -- Carta 33, 1886. O amor de Deus está além de definição MCP2 801 4 O amor de Cristo é uma cadeia áurea que une ao infinito Deus, finitos seres humanos que crêem em Jesus Cristo. O amor que o Senhor tem a Seus filhos ultrapassa o entendimento. Ciência alguma o pode definir ou explicar. Nenhuma sabedoria humana o pode compreender. Quanto mais sentirmos a influência desse amor, tanto mais mansos e humildes seremos. -- Carta 43, 1896; The S.D.A. Bible Commentary 5:1141. A religião molda o ser todo MCP2 802 1 A religião verdadeira tem sua sede no coração, e sendo ali um princípio permanente, ela atua exteriormente, moldando a conduta externa, até que o ser todo esteja conformado à imagem de Cristo; mesmo os pensamentos são levados cativos à mente de Cristo. Se não estiver no coração o permanente princípio, a mente será moldada segundo a enganadora semelhança da mente de Satanás, operando sua vontade, para ruína da alma. A atmosfera que circunda essas almas é deletéria a todos os circunstantes, quer crentes quer descrentes. -- Carta 8, 1891. Familiaridade com a natureza traz saúde ao corpo, espírito e alma MCP2 802 2 As coisas da Natureza são bênçãos de Deus, providas para nos dar saúde ao corpo, ao espírito e à alma. São dadas aos sãos para conservá-los sãos, e aos doentes para os tornar sãos. Unidas ao tratamento hidroterápico, são mais eficazes para a restauração da saúde do que toda medicação de drogas do mundo. -- Testimonies for the Church 7:76 (1902); Conselhos Sobre Saúde, 169. A obediência produz descanso MCP2 802 3 Haverá paz, paz constante a fluir para a alma, pois o descanso se encontra na perfeita submissão a Jesus Cristo. A obediência à vontade de Deus encontra o descanso. O discípulo que segue os passos mansos e humildes do Redentor encontra descanso que o mundo não pode dar, nem pode tirar. "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti." Isaías 26:3. -- Carta 6, 1893; Nossa Alta Vocação, 98. A mansidão tende a dar paz MCP2 802 4 Humildade e mansidão de espírito, que sempre caracterizaram o divino Filho de Deus, uma vez possuídas por Seus fiéis seguidores, trazem contentamento, paz e felicidade que os elevam acima da servidão da vida artificial. -- História da Redenção, Dezembro de 1871; Nossa Alta Vocação, 96. Perdão significa descanso para a alma MCP2 803 1 Qual é o "descanso" prometido? É a consciência de que Deus é verdadeiro, de que Ele nunca decepciona aquele que a Ele vai. Seu perdão é pleno e gratuito, e Sua aceitação significa descanso para a alma, descanso em Seu amor. -- The Review and Herald, 25 de Abril de 1899; Nossa Alta Vocação, 95. Descanso, resultado da entrega do próprio eu MCP2 803 2 Encontra-se o descanso quando se abandona toda a justificação própria, todo raciocínio partido de um fundo egoísta. Inteira entrega, a aceitação de Sua vontade, eis o segredo do perfeito descanso em Seu amor. ... Fazei exatamente o que Ele vos disse que fizésseis, e estai seguros de que Deus fará tudo quanto disse que havia de fazer. ... Viestes acaso a Ele, renunciando a todos os vossos interesses mesquinhos, toda a vossa incredulidade, toda a vossa justiça própria? Vinde tal como estais, fracos, desamparados, e prontos a morrer. -- The Review and Herald, 25 de Abril de 1899; Nossa Alta Vocação, 95. Interesses vitais em vossa proteção MCP2 803 3 Lembrai-vos de que tentação não é pecado. Lembrai-vos de que por mais probantes que sejam as circunstâncias em que um homem seja colocado, coisa alguma lhe pode realmente enfraquecer a alma enquanto ele não ceder à tentação mas mantiver a própria integridade. Os interesses mais vitais para vós individualmente, estão em vossa própria guarda. Ninguém os poderá prejudicar sem vosso consentimento. Todas as legiões satânicas não vos poderão causar dano a menos que venhais a abrir a alma às artes e setas de Satanás. Vossa ruína jamais poderá ter lugar enquanto vossa vontade não consentir. Caso não haja corrupção em vossa mente, toda contaminação ambiente não vos pode manchar ou corromper. -- Carta 14, 1885; Nossa Alta Vocação, 92. Controlar os sentimentos MCP2 803 4 Regozijamo-nos na esperança, e não nos sentimentos. Na esperança da glória de Deus sabemos que a tribulação produz a paciência, e a experiência esperança. Que significa isto? Se não nos sentimos justamente como queríamos, devemos voar para a impaciência, falando palavras que mostrem que temos os atributos de Satanás? Não podemos correr o risco de pronunciar uma palavra áspera ou descaridosa, porque estamos à vista dos seres celestiais e estamos ferindo a batalha com todo o universo celestial nos contemplando; e como contristamos o coração de Deus quando de qualquer maneira O negamos! Os sinais da crucifixão nas mãos de Cristo mostram que Ele nos tem gravados na palma de Suas mãos. -- Manuscrito 16, 1894. A animação restaura corpo e alma MCP2 804 1 Fala aos sofredores, de um compassivo Salvador. ... Ele olha com compaixão aos que consideram sem esperança o seu caso. Enquanto a alma estiver tomada de temor e terror, a mente não pode ver a terna compaixão de Cristo. Nossos hospitais devem ser um instrumento para levar paz e repouso às mentes perturbadas. MCP2 804 2 Se puderes inspirar ao desanimado uma fé esperançosa e salvadora, contentamento e disposição animosa tomarão o lugar do desânimo e desassossego. Maravilhosas mudanças podem então ser operadas em teu estado físico. Cristo restaurará tanto o corpo como a alma e, reconhecendo Sua compaixão e amor, descansarão nEle. Ele é a brilhante estrela da alva, resplandecendo em meio às trevas morais deste mundo pecaminoso, corrupto. Ele é a luz do mundo, e todos os que Lhe entregam o coração encontrarão paz, descanso e alegria. -- Carta 115, 1905; Medicina e Salvação, 109, 110. O cristão não é passivo, mas ativo MCP2 804 3 Um cristão sadio, que se desenvolve, não será passivo recipiente entre seus companheiros. Precisa dar, bem como receber. Nossas graças aumentam pelo exercício. O convívio cristão nos fornecerá ar puro para respirar, e, respirando-o, precisamos ser ativos. O trabalho cristão realizado, as simpatias, animações e instruções dadas por nós aos que delas necessitam, o domínio próprio, o amor, a paciência e tolerância necessárias exercidas na obra cristã, criarão em nós a fé, a obediência, a esperança e o amor a Deus. ... MCP2 804 4 É essencial para músculos e forças espirituais que a alma tenha exercício. É preciso fazer trabalho mediante o exercer atividade espiritual em aproveitar as oportunidades de fazer o bem. ... Quanto mais fiel é uma pessoa no desempenho dos deveres cristãos, tanto mais vigor desenvolverá ela. -- Carta 1, 1882; Nossa Alta Vocação, 258. O poder social deve ser aproveitado MCP2 805 1 É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na senda tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho. A influência social, santificada pelo Espírito de Cristo, deve desenvolver-se na condução de almas para o Salvador. Cristo não deve ser escondido no coração como um tesouro cobiçado, sagrado e doce, fruído exclusivamente pelo possuidor. Devemos ter Cristo em nós como uma fonte de água, que corre para a vida eterna, refrescando a todos os que entram em contato conosco. -- A Ciência do Bom Viver, 496 (1905). Potencialidade do cristianismo MCP2 805 2 Há nas ocupações comuns da vida, muitos homens que seguem a rotina dos labores diários, inconscientes de possuírem faculdades que, exercitadas, as ergueriam à altura dos mais honrados homens do mundo. Requer-se o toque de uma hábil mão para despertar essas faculdades adormecidas. Foram esses os homens que Jesus chamou para colaboradores; e deu-lhes a vantagem da convivência com Ele. Nunca tiveram os grandes homens do mundo um mestre assim. Ao saírem os discípulos do preparo ministrado pelo Salvador, já não eram mais ignorantes e incultos. Haviam-se tornado como Ele no espírito e no caráter, e os homens conheciam que haviam estado com Jesus. -- O Desejado de Todas as Nações, 250 (1898). Necessidade de alvos e objetivos MCP2 805 3 Tende um alvo na vida, enquanto viveis. Juntai luz do sol em redor de vós, em vez de nuvens. Procurai ser uma flor viçosa e bela no jardim de Deus, espalhando perfume em todo o redor de vós. Fazei isto, e nem por isso haveis de morrer um instante mais cedo; mas por certo abreviaríeis vossos dias por infelizes murmurações, tornando vossas dores e indisposições o tema de conversação. -- História da Redenção, Junho 1871. Viver para um propósito torna-nos verdadeiramente felizes MCP2 806 1 Os que vivem para um desígnio, buscando beneficiar e ser uma bênção a seus semelhantes e honrar e glorificar a seu Redentor, são as pessoas verdadeiramente felizes na Terra, ao passo que o homem inquieto, descontente, que busca isto e experimenta aquilo, esperando encontrar felicidade, está sempre queixoso de decepções. Está sempre em falta, nunca satisfeito, pois vive para si mesmo apenas. Seja vosso objetivo fazer o bem, desempenhar fielmente vossa parte na vida. -- Carta 17, 1872; Nossa Alta Vocação, 240. Pôr em tensão todo nervo MCP2 806 2 Precisamos pôr em tensão todo nervo e músculo espirituais. ... Deus... não deseja que permaneçais noviços. Ele quer que alcanceis o mais elevado lance da escada, daí passando ao Céu de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. -- Manuscrito 8, 1899; Nossa Alta Vocação, 215. ------------------------Apêndice A Conselho a uma Desalentada Senhora de Meia-Idade MCP2 807 1 Meu pensamento está em ti, Marta. ... Queremos ir ver-te, e queremos ver-te confiando plenamente no amado Salvador. Ele te ama, pois deu a vida por ti porque dá valor a tua alma. Tive um sonho, não faz muito. Achava-me num jardim e estavas a meu lado. Dizias: "Veja este arbusto feio, aquela árvore deformada, aquela pobre roseira raquítica. Isto me desagrada, pois parece que representam minha vida e a relação em que me acho para com Deus." MCP2 807 2 Pareceu-me que um vulto distinto andava a minha frente, e disse: "Apanhe as rosas, os lírios e os cravos e deixe os cardos e feios arbustos, e não machuque a alma que Cristo tem em Sua amorosa guarda." MCP2 807 3 Despertei; adormeci de novo e repetiu-se o mesmo sonho. Acordei e adormeci, e pela terceira vez ocorreu o sonho. Ora, quero que consideres isso e afastes de ti a desconfiança, tristeza e temores. Desvia de ti mesmo os olhos e dirige-os a Jesus, desvia-os do esposo e olha a Jesus. Deus te falou palavras de animação. Apanha-as, procede de acordo com elas, anda pela fé e não pela vista. "A fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." Hebreus 11:1. MCP2 807 4 Jesus mantém a mão sob ti. Jesus não permitirá que o inimigo te vença. Jesus te dará a vitória. Ele tem a virtude; Ele tem a justiça. Podes olhar para ti mesma para encontrá-la e bem poderá sobrevir-te o desespero ao fazer isso, pois ali não está. Jesus a possui. É tua pela fé, porque amas a Deus e guardas os Seus mandamentos. MCP2 807 5 Não dês ouvido às mentiras de Satanás, mas conta de novo as bênçãos. Colhe as rosas, os lírios e cravos. Fala nas promessas de Deus. Fala acerca de fé. Confia em Deus, pois é Ele tua única esperança. Eu tenho tremendas lutas com as tentações de Satanás para me desanimar, mas não cedo uma polegada. Não darei a Satanás nenhuma vantagem sobre meu corpo ou minha mente. MCP2 808 1 Se olhares para ti mesma, só verás fraquezas. Não há aí nenhum Salvador. Encontrarás Jesus fora de ti mesma. Terás de olhar para Ele e viver, olhar para Ele que Se nos tornou pecado para que pudéssemos ser limpos do pecado e receber a justiça de Cristo. MCP2 808 2 Ora, Marta, não olhes para ti mesma, mas olha fora de ti, para Jesus. Fala de Seu amor, fala de Sua bondade, fala de Seu poder; pois Ele não te deixará ser tentada acima do que és capaz de suportar. Mas em Cristo está nossa justiça. Jesus complementa nossas deficiências porque vê que nós mesmos não o podemos fazer. Enquanto oro por ti, vejo uma delicada luz envolvendo uma mão estendida para salvar-te. As palavras de Deus são nossa credencial. Nós nos levantamos sobre elas. Amamos a verdade. Amamos a Jesus. Os sentimentos não são prova do desprazer de Deus. MCP2 808 3 Tua vida é preciosa à vista de Deus. Ele tem uma obra para ti. Não te é revelada agora, mas simplesmente vai em frente, confiante, sem proferires nenhuma palavra pois isso entristeceria ao amado Jesus, mostrando que temias confiar nEle. Coloca tua mão na dEle. Ele te está estendendo através das ameias do Céu, para tua mão ser deposta confiantemente na dEle. Oh, que amor, que terno amor Jesus tem manifestado em nosso favor! As promessas da Bíblia são os cravos, as rosas e os lírios do jardim do Senhor. MCP2 808 4 Oh, quantos andam em vereda escura, olhando para as coisas objetáveis, pouco atraentes de cada lado, quando um passo acima estão as flores! Eles acham que não têm direito de dizer que são filhos de Deus e de lançar mão das promessas postas a sua frente no evangelho, porque não têm a prova de sua aceitação por parte de Deus. Sofrem lutas penosas, afligindo a alma como fez Martinho Lutero para lançar-se sobre a justiça de Cristo. MCP2 808 5 Muitos há que pensam que podem ir ter com Jesus somente da maneira em que o fez o jovem possesso do demônio que o lançou por terra e o convulsionou ao ser levado ao Salvador. Não és da espécie de pessoas que tivesse quaisquer desses conflitos e provas. Ricardo Baxter ficou preocupado porque não tinha essa torturante, humilhante visão de si mesmo como pensava que devia ter. Mas afinal isso lhe foi explicado satisfatoriamente, e veio-lhe paz ao coração. MCP2 809 1 Não há para ti a exigência de te impores um fardo, pois és propriedade de Cristo. Ele te tem em Suas mãos. Seus braços eternos te envolvem. Tua vida não foi uma vida de pecado, na acepção comum deste termo. Tens um consciencioso temor de proceder mal, tens no coração o princípio de escolher o certo, e agora deves volver a face, dos cardos e espinhos para as flores. MCP2 809 2 Deixa que se fixem os olhos no Sol da justiça. Não faças de teu amado e amoroso Pai celestial um tirano, mas veja Sua ternura, Sua piedade, Seu imenso, vasto amor, e Sua grande compaixão. Seu amor excede ao de uma mãe para seu filho. A mãe pode esquecer, "Eu, todavia, não Me esquecerei de ti" (Isaías 49:15), diz o Senhor. Jesus quer que confies nEle. Que Sua bênção repouse sobre ti em rica medida, é minha fervorosa oração. MCP2 809 3 Nasceste com uma herança de desencorajamento, e precisas estar constantemente a encorajar um esperançoso estado de sentimentos. Recebeste, tanto do pai como da mãe, uma peculiar conscienciosidade, e também herdaste da mãe uma disposição de desmerecer o próprio eu, e não exaltá-lo. Uma palavra basta para comover-te, ao passo que uma pesada crítica é apenas suficiente para comover outro, de temperamento diverso. Se estivesses situada onde soubesses que estavas ajudando a outros, por árdua que fosse a carga, por cansativo que fosse o trabalho, tudo farias alegremente, aborrecendo-te por não fazer nada. MCP2 809 4 Samuel, que serviu ao Senhor desde a infância, necessitou de uma disciplina muito diferente de um que tivesse uma vontade estabelecida, obstinada, egoísta. Tua infância, Marta, não foi marcada pela descortesia, embora houvesse nela os erros da humanidade. O caso todo foi posto aberto diante de mim. Eu te conheço muito melhor do que tu mesma te conheces. Deus te ajudará a triunfar sobre Satanás, se simplesmente confiares em que Jesus trave essas severas batalhas que és completamente incapaz de travar em tuas forças finitas. MCP2 810 1 Amas a Jesus, e Ele te ama. Ora, pois, confia pacientemente nEle, repetindo sempre e sempre: Senhor, sou Tua! De todo o coração, lança-te sobre Cristo. Não é a alegria que é prova de que sejas cristã. Tua prova está num "Assim diz o Senhor". Pela fé, minha querida irmã, eu te deponho nos braços de Jesus Cristo. MCP2 810 2 Leia os versos seguintes e apropria-te dos sentimentos neles expressos como sendo os teus: MCP2 810 3 Só em Ti eu tenho abrigo, Aos Teus pés jaz o meu ser; Não me deixes, sê comigo, Teu conforto eu quero ter. Só confio em Ti, Senhor; Meu auxílio de Ti vem. Tu dissipas o temor, E o Teu braço me sustém. MCP2 810 4 Tua graça inesgotável Pode me lavar do mal; Graça imensa e inefável Puro e bom faz-me afinal. Fonte eterna, meu Jesus, Deixa em Ti saciar-me bem. Em minh'alma jorre a flux, Tome eu dela sempre! Amém. (Hinário Adventista, 32) -- Carta 35, 1887. ------------------------Apêndice B Implícita Confiança, Independente de Mudanças no Ambiente Emocional Experiência Pessoal da Autora MCP2 811 1 Quando vos sentis em densas sombras, é porque Satanás se interpôs entre vós e os brilhantes raios do Sol da justiça. Em tempos de perturbação o brilho é eclipsado, e não compreendemos porque nos parece afastada de nós a segurança. Somos levados a olhar a nós mesmos e à sombra da cruz, o que impede de vermos a consolação que existe para nós. Queixamo-nos da caminhada e retiramos a mão da mão de Cristo. Mas por vezes o favor de Deus irrompe súbito na alma, e a escuridão é espancada. Vivamos à luz da cruz do Calvário. Não permaneçamos por mais tempo na sombra, queixando-nos de nossas mágoas, pois isso só complica o mal. MCP2 811 2 Nunca nos esqueçamos, mesmo quando andamos no vale, de que Cristo está conosco quando ali andamos confiantes, tanto como quando estamos no cimo da montanha. Disse-nos a voz: "Não quereis rolar vosso fardo para cima do Portador de Fardos, o Senhor Jesus Cristo? Não quereis viver no lado ensolarado da cruz? dizendo: 'Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que Ele é poderoso para guardar aquilo que Lhe é confiado, até aquele dia.' 'A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.'" 1 Timóteo 1:12; 1 Pedro 1:8, 9. MCP2 811 3 Eu na verdade tenho me detido sob as sombras da cruz. Não é, para mim, comum ser subjugada e sofrer tanto de depressão de espírito como tenho sofrido faz alguns meses. Não quero ser encontrada a gracejar com minha alma, e assim gracejar com o meu Salvador. Não quero ensinar que Jesus ressurgiu do túmulo e que ascendeu ao alto e vive para fazer intercessão por nós diante do Pai -- a não ser que eu ponha em prática meus ensinos e creia nEle por Sua salvação, lançando sobre Jesus minha desamparada alma, em busca de Sua graça, justiça, paz e amor. Tenho de confiar nEle independente das modificações de meu ambiente emocional. Devo proclamar as virtudes dAquele que me chamou "das trevas para a Sua maravilhosa luz". 1 Pedro 2:9. Meu coração tem de estar firme em Cristo, meu Salvador, contemplando o Seu amor e gratuita bondade. Não devo confiar nEle de quando em quando, mas sempre, para que possa manifestar os resultados de permanecer nAquele que me adquiriu com Seu precioso sangue. Temos de aprender a crer nas promessas, ter uma fé inabalável, de modo que as tomemos como a segura palavra de Deus. MCP2 812 1 Muitos que amam a Deus e procuram honrá-Lo, temem não ter o direito de reclamar Suas ricas promessas. Demoram-se a falar em suas penosas lutas e nas trevas que envolvem sua vereda, e assim fazendo perdem de vista a luz do amor que Jesus Cristo fez incidir sobre eles. Perdem de vista a grande redenção que para eles foi adquirida a preço infinito. Muitos se deixam ficar longe, como se tivessem temor de tocar a orla das vestes de Cristo, mas mesmo a eles é feito o maravilhoso convite, em que Ele implora: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28-30. -- Manuscrito 61, 1894. ------------------------Mensageiros da Esperança ME 5 1 Prefácio ME 7 1 Capítulo 1 -- Nossas publicações e sua missão ME 13 1 Capítulo 2 -- Obra não inferior a nenhuma outra ME 22 1 Capítulo 3 -- Um chamado para os colportores-evangelistas ME 31 1 Capítulo 4 -- Escolha de colportores-evangelistas ME 35 1 Capítulo 5 -- Os estudantes e o evangelismo através da colportagem ME 40 1 Capítulo 6 -- Uma obra de salvação de almas ME 49 1 Capítulo 7 -- Entrega completa a Deus ME 58 1 Capítulo 8 -- Plenamente preparado ME 64 1 Capítulo 9 -- Exemplo nos hábitos, porte e vestuário ME 74 1 Capítulo 10 -- Voz e dicção agradáveis ME 81 1 Capítulo 11 -- Diligência no serviço ME 85 1 Capítulo 12 -- Homem de oração ME 89 1 Capítulo 13 -- Pontos de venda ME 95 1 Capítulo 14 -- O colportor-evangelista e suas finanças ME 103 1 Capítulo 15 -- Cooperando com outros obreiros do evangelho ME 107 1 Capítulo 16 -- Guiados pelo Espírito de Deus ME 113 1 Capítulo 17 -- Acompanhado por anjos ME 117 1 Capítulo 18 -- Auxílio para cada dificuldade ME 123 1 Capítulo 19 -- Livros que dão a mensagem ME 127 1 Capítulo 20 -- Os grandes livros de nossa mensagem ME 134 1 Capítulo 21 -- Publicações sobre saúde ME 139 1 Capítulo 22 -- Mantendo o devido equilíbrio ME 147 1 Capítulo 23 -- O trabalho ministerial de nossas revistas ME 151 1 Capítulo 24 -- A grande influência de nossas publicações ------------------------Prefácio ME 5 1 A Igreja Adventista do Sétimo Dia nasceu com a missão de alcançar o mundo com a tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14. Portanto, é urgente a necessidade de utilização conscienciosa de todos os meios de comunicação. ME 5 2 Desde os primórdios do movimento adventista, as publicações têm sido um poderoso instrumento para alcançar pessoas em todos os continentes. Estudos afirmam que em aproximadamente 80% dos países em que a igreja está presente, a mensagem chegou por intermédio das publicações. O Brasil é um exemplo claro desse fato histórico: um pacote de revistas enviado em 1879 germinou em nosso solo, gerando uma igreja que hoje chega perto de um milhão de membros. ME 5 3 A eficiência da pregação do evangelho consiste na união entre o agente comunicador e o veículo de transmissão da mensagem. O livro é um veículo que transmite esperança. Quando, porém, não há mãos para distribuí-lo, seu poder é aniquilado. Literatura estocada não cumpre a missão. ME 5 4 O agente humano é o condutor da mensagem. Em Isaías 52:7, o profeta retrata, de maneira poética, a natureza da obra do mensageiro: "Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" ME 6 1 A distribuição de literatura oferece oportunidades para o testemunho pessoal. Mas vai além, ao plantar a semente no solo da alma humana, deixando-a sob os cuidados do Espírito Santo. Muitas sementes germinam de imediato; outras, porém, permanecem na incubadora do tempo, à mercê da providência divina. ME 6 2 Uma segurança há para o mensageiro: Nenhum fragmento de uma página impressa deixará de cumprir sua missão. ME 6 3 Neste início de século, quando todo tipo de idéia, doutrina e pensamento busca espaço na mente dos homens, necessitamos apresentar a Verdade sem economizar canais. ME 6 4 Todos são convidados a fazer esta obra. O profissional, a dona-de-casa, o estudante, o aposentado, as crianças. Há espaço para todos. No entanto, o Senhor Deus tem para alguns um chamado especial: a colportagem evangelística como vocação ministerial. ME 6 5 Esta é uma obra sublime, cujo valor se assemelha à do hábil pregador evangelista. É tão importante quanto anunciar a mensagem do púlpito, dos microfones radiofônicos ou diante de uma câmera de televisão. ME 6 6 O livro que você tem em mãos apresenta uma missão. Todos podem cumpri-la. É simples, apenas disponha-se a ser um disseminador das publicações. Seja um Mensageiro da Esperança. Almir Marroni, Diretor do Departamento de Publicações da Divisão Sul-Americana. ------------------------Capítulo 1 -- Nossas publicações e sua missão ME 7 1 Começar a publicar -- Numa reunião realizada em Dorchester, Massachusetts, em Novembro de 1848, tive uma visão da proclamação da mensagem do assinalamento, e da responsabilidade confiada aos irmãos de publicarem a luz que resplandecia em nosso caminho. ME 7 2 Depois da visão, eu disse a meu esposo: "Tenho uma mensagem para você. Você deve começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Que seja pequeno a princípio; mas, quando as pessoas o lerem, enviarão recursos para que você possa imprimi-lo, e alcançará bom êxito desde o princípio. Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo." -- Vida e Ensinos, 128. ME 8 1 Verdade clara e compreensível -- Compete a nossas publicações a mais sagrada obra de tornar clara, compreensível e simples a base espiritual de nossa fé. Em todos os lugares o povo está tomando posição; todos estão se colocando sob a bandeira da verdade e da justiça ou sob a dos poderes apóstatas que lutam para alcançar a supremacia. Neste tempo, a mensagem de Deus ao mundo deverá ser pregada com tal ênfase e poder que o povo seja posto face a face, mente a mente, coração a coração com a verdade. Deverão ser levados a ver a sua superioridade em relação com o grande número de erros que estão sendo postos em evidência, a fim de suplantar, se possível, a Palavra de Deus para este tempo solene. ME 8 2 O grande objetivo de nossas publicações é exaltar a Deus, atrair a atenção dos homens para as verdades vivas de Sua Palavra. Deus nos pede que exaltemos, não as nossas próprias normas, não as normas deste mundo, mas Suas normas de verdade. -- Testemunhos Seletos 3:151-152. ME 9 1 Publicar a luz e a verdade -- Na noite de 2 de Março de 1907, muitas coisas me foram reveladas sobre o valor das nossas publicações acerca da verdade presente, e o pouco esforço que nossos irmãos e irmãs fazem nas igrejas para garantir uma ampla disseminação. ME 9 2 Foi-me mostrado em várias ocasiões que os nossos prelos deveriam estar continuamente ocupados em publicar a luz e a verdade. Este é tempo de trevas espirituais nas igrejas do mundo. A ignorância das coisas divinas encobriu da vista dos homens, a Deus e a verdade. As forças do mal estão ganhando força. Satanás promete aos seus subordinados fazer um trabalho que cative o mundo. Ao passo que a atividade da igreja é apenas parcial, Satanás e suas legiões exercem atividade intensa. As professas igrejas cristãs não estão convertendo o mundo; pois elas próprias estão corrompidas de egoísmo e orgulho, e necessitadas de experimentarem em seu meio o poder regenerador de Deus, antes de poderem guiar outros a uma norma mais pura e elevada. -- Testemunhos Seletos 3:315. ME 9 3 Meios para rápida divulgação -- A obra da colportagem será o meio de dar rapidamente a sagrada luz da verdade presente ao mundo. As publicações que saem de nossos prelos devem ser de tal caráter que fortaleça cada ponto de apoio da fé que foi estabelecida pela Palavra de Deus e pela revelação de Seu Espírito. ME 10 1 A verdade que Deus deu a Seu povo nestes últimos dias deve conservá-los firmes quando vêm à igreja os que apresentam falsas teorias. A verdade que tem permanecido firme contra os ataques do inimigo por mais de meio século, precisa ainda ser a confiança e o conforto do povo de Deus. ME 10 2 Nossa evidência aos não professos, de que possuímos a verdade da Palavra de Deus, será dada numa vida de estrita renúncia. Não devemos escarnecer de nossa fé, mas sempre conservar diante de nós o exemplo dAquele que, embora Príncipe do Céu, desceu a uma vida de renúncia e sacrifício, para vindicar a justiça da palavra de Seu Pai. Resolvamos todos fazer o melhor ao nosso alcance para que a luz de nossas boas obras possa resplandecer ao mundo. -- Testemunhos para a Igreja 9:69-70. ME 10 3 Preparo para o encontro com Deus -- As publicações expedidas de nossas casas publicadoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. Através de todo o mundo elas devem fazer a mesma obra realizada por João Batista para a nação judaica. Por meio de comovedoras mensagens de advertência, o profeta de Deus despertou das fantasias mundanas os homens. Por meio dele Deus chamou ao arrependimento o Israel apostatado. Por suas apresentações da verdade ele expunha os enganos populares. Em contraste com as falsas teorias de seu tempo, a verdade contida em seus ensinos destacava-se como uma certeza eterna. "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus", era a mensagem de João. Mateus 3:2. Esta mesma mensagem, por meio de publicações de nossas casas editoras, deve ser proclamada ao mundo hoje. ... ME 11 1 É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. -- Testemunhos Seletos 3:140-142. ME 11 2 Por toda a parte -- Há muitos lugares em que a voz do pastor não pode ser ouvida, lugares que só podem ser alcançados por nossas publicações -- livros, revistas e folhetos repletos das verdades bíblicas de que o povo necessita. Nossas publicações devem ser distribuídas em todos os lugares. A verdade deve ser semeada junto a todas as águas, pois não sabemos qual prosperará primeiro, se esta, se aquela. Em nosso falho juízo, podemos pensar não ser sábio dar publicações justamente aos que poderiam aceitar a verdade de imediato. Não sabemos quais podem ser os resultados de dar um folheto que contém a verdade presente. -- Manuscrito 127, 1903. ME 11 3 O fim se aproxima rapidamente. A impressão e circulação dos livros e revistas que contêm a verdade para este tempo, deve ser nossa obra. -- Testemunhos para a Igreja 8:89. ME 12 1 Iluminar o mundo todo -- O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. -- Testemunhos Seletos 3:311. ME 12 2 De nossos livros e revistas projetar-se-ão brilhantes raios de luz que iluminarão o mundo quanto à verdade presente. -- Serviço Cristão, 149. ------------------------Capítulo 2 -- Obra não inferior a nenhuma outra ME 13 1 Ministério de êxito -- A obra da colportagem, devidamente dirigida, é uma obra missionária da mais elevada espécie e o melhor e mais bem-sucedido método para colocar perante o povo as importantes verdades para este tempo. A importância da obra do pastor é indiscutível; mas muitos que estão com fome do pão da vida não têm o privilégio de ouvir a Palavra dos pregadores comissionados por Deus. Por esta razão, é essencial que nossas publicações circulem amplamente. Assim, a mensagem irá aonde o pregador vivo não pode ir, e a atenção de muitos será atraída para os importantes eventos relacionados com as cenas finais da história deste mundo. ME 13 2 Obra ordenada por Deus -- Deus instituiu a colportagem como um meio de apresentar perante o povo a luz que há em nossos livros, e os colportores devem estar cientes da importância de colocar diante do mundo, tão depressa quanto possível, os livros necessários para sua educação e esclarecimento espirituais. Esta é exatamente a obra que o Senhor deseja que Seu povo faça neste tempo. Todos os que se consagram a Deus para trabalhar como colportores, estão auxiliando na proclamação da última mensagem de advertência ao mundo. Não podemos avaliar demasiadamente esta obra; porque, se não fossem os esforços do colportor, muitos jamais ouviriam a advertência. -- Testemunhos Seletos 2:532. ME 14 1 Obra importantíssima -- Se há um trabalho mais importante do que outro, é o de colocar nossas publicações perante o público, levando-o assim a examinar as Escrituras. A obra missionária -- introduzir nossas publicações nas famílias, conversar e orar com e por elas -- é uma boa obra, e que educará homens e mulheres para fazerem trabalho pastoral. -- Testemunhos para a Igreja 4:390. ME 14 2 Quando os membros da igreja sentirem a importância da circulação de nossas publicações, dedicarão mais tempo a essa obra. Revistas, folhetos e livros serão colocados nos lares do povo, a fim de que preguem o evangelho em seus variados setores. ... A igreja deve dar atenção à obra da colportagem. Esta é uma das maneiras pelas quais ela deve resplandecer no mundo. Então ela sairá "formosa como a Lua, brilhante como o Sol, formidável como um exército com bandeiras". Cantares 6:10. -- Manuscrito 113, 1901. ME 14 3 Importante como o ministério -- Os colportores devem ir a várias partes do campo. A importância desta obra é igual à do ministério. Tanto o pregador como o mensageiro silencioso são necessários à conclusão da grande obra que está perante nós. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1880. ME 15 1 A colportagem é um importante e proveitoso setor da obra evangelística. Nossas publicações podem ir a lugares onde não se podem realizar reuniões. Em tais lugares o fiel colportor-evangelista assume o lugar do pregador. Pela obra da colportagem, a verdade é apresentada a milhares que de outro modo não a ouviriam. -- The Review and Herald, 7 de Outubro de 1902. ME 15 2 Compreendendo nossa responsabilidade -- Há o perigo de entrar em comercialismo, e tornar-se tão absorto em negócios mundanos que as verdades da Palavra de Deus em sua pureza e poder não sejam praticadas na vida. O amor do negócio e do ganho está-se tornando cada vez mais predominante. Meus irmãos, procurem a genuína conversão. Se já houve tempo em que precisássemos compreender nossa responsabilidade, é agora esse tempo, quando a verdade anda tropeçando pelas ruas e a justiça não pode entrar. Satanás desceu com grande poder, para operar com todo o engano da injustiça para os que perecem; e tudo que pode ser abalado o será, e as coisas que não podem ser abaladas permanecerão. O Senhor virá muito logo, e estamos no limiar das cenas de calamidade. Agentes satânicos, embora invisíveis, estão a atuar para destruir vidas humanas. Mas se nossa vida estiver escondida com Cristo em Deus, veremos Sua graça e salvação. Cristo virá para estabelecer Seu reino na Terra. Seja santificada a nossa língua, e empregada para glorificá-Lo. Trabalhemos agora como nunca dantes. Somos exortados a instar "a tempo e fora de tempo". 2 Timóteo 4:2. Devemos abrir caminho para a apresentação da verdade. Devemos aproveitar cada oportunidade para atrair almas para Cristo. ME 16 1 Como um povo devemos converter-nos de novo, e nossa vida ser santificada para declarar a verdade tal como é em Jesus. Na obra de espalhar nossas publicações, podemos com coração afetuoso e palpitante, falar do amor de um Salvador. Deus, unicamente, tem poder para perdoar pecados; se não transmitirmos esta mensagem aos não-convertidos, nossa negligência poderá ser a ruína deles. ... O Senhor nos chama a todos para procurarmos salvar as almas que perecem. Satanás está operando a fim de enganar até os escolhidos, e agora é o momento de trabalharmos vigilantemente. Nossos livros e revistas têm que ser postos em evidência perante o povo; o evangelho da verdade presente deve ser proclamado sem demora em nossas cidades. Não despertaremos para o cumprimento de nossos deveres? -- Testemunhos Seletos 3:312-313. ME 16 2 Sentinelas e mensageiros -- Chegou o tempo de se fazer uma grande obra por meio dos colportores. O mundo dorme, e como sentinelas eles devem fazer soar a campainha de advertência, a fim de que os sonolentos reconheçam o perigo. As igrejas não conhecem o tempo de seu julgamento. Muitas vezes podem melhor conhecer a verdade por meio dos esforços do colportor. Os que saem em nome do Senhor, são Seus mensageiros para dar às multidões que estão em trevas e em erro as alegres novas da salvação, por meio de Cristo, obedecendo à lei de Deus. -- Testemunhos Seletos 2:534. ME 17 1 Almas convertidas -- Que os colportores saiam com a Palavra do Senhor, lembrando-se de que aqueles que obedecem aos mandamentos de Deus e ensinam os outros a obedecer-lhes, serão recompensados ao verem almas convertidas, e uma alma verdadeiramente convertida levará outras a Cristo. Assim a obra avançará para novos territórios. -- Testemunhos Seletos 2:534. ME 17 2 Ainda é tempo -- Enquanto durar o tempo da graça, haverá oportunidade de o colportor trabalhar. Quando as igrejas se unirem com o papado para oprimir o povo de Deus, lugares onde houver liberdade religiosa se tornarão acessíveis à colportagem evangelística. Se em algum lugar a perseguição se tornar muito forte, que os obreiros façam como Cristo ordenou. "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra." Se ali vier a perseguição, procurem outro lugar ainda. Deus guiará Seu povo, fazendo com que ele seja uma bênção em muitos lugares. Se não fosse a perseguição, não seriam tão extensamente espalhados para proclamar a verdade. E Cristo declara: "Não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem." Mateus 10:23. Até que no Céu seja dito: "Está consumado", haverá sempre lugares para trabalhar e corações para receber a mensagem. -- Conselhos sobre Educação, 218. ME 18 1 Há uma grande obra a ser realizada, e todo esforço possível tem de ser feito para revelar a Cristo como o Salvador que perdoa o pecado, Cristo como o portador de pecado, Cristo como a brilhante Estrela da Manhã; e o Senhor nos dará favor perante o mundo, até que nossa obra esteja feita. -- Testemunhos para a Igreja 6:20-21. ME 18 2 Não há obra mais elevada -- Não há obra mais elevada do que a da colportagem evangelística; porque abrange o cumprimento dos mais elevados deveres morais. Os que realizam esse trabalho precisam submeter-se continuamente ao poder do Espírito de Deus. O eu não deve ser exaltado, porque tudo o que temos provém de Cristo. Precisamos amar-nos como irmãos, e revelar nosso amor ajudando-nos uns aos outros. Precisamos ser misericordiosos e corteses. Precisamos unir-nos puxando as cordas. Unicamente os que vivem a oração de Cristo, praticando-a a cada momento, suportarão a prova que há de vir sobre todo o mundo. Os que se exaltam, ficam sob o poder de Satanás, preparando-se para receber seus enganos. A palavra do Senhor a Seu povo é que levantemos a norma mais e mais alto. Se obedecermos a Sua voz, Ele trabalhará conosco, e nossos esforços serão bem-sucedidos. Em nossa obra receberemos ricas bênçãos do alto, e ajuntaremos tesouros junto ao trono de Deus. ME 19 1 Quem irá? -- O Senhor ordena que a luz que Ele nos deu sobre as Escrituras resplandeça com raios claros e brilhantes; e é o dever de nossos colportores fazer um esforço forte e unido para que o propósito de Deus seja cumprido. Uma grande e importante obra está diante de nós. O inimigo das almas reconhece isso, e emprega todos os meios em seu poder para levar o colportor a buscar algum outro ramo de trabalho. Este estado de coisas deve ser mudado. Deus chama os colportores a voltar à obra. Ele chama voluntários que ponham na obra todas as energias e conhecimentos, ajudando onde quer que haja oportunidade. O Mestre chama a cada um para fazer a parte que lhe foi dada, segundo sua habilidade. Quem responderá ao chamado? Quem sairá para trabalhar na sabedoria, na graça e amor de Cristo pelos que estão perto e longe? Quem está disposto a sacrificar a comodidade e o prazer, e entrar nos lugares do erro, da superstição e das trevas, trabalhando zelosa e perseverantemente, falando a verdade em simplicidade, orando com fé, fazendo o trabalho de casa em casa? Quem neste tempo deseja sair do arraial, cheio do poder do Espírito Santo, levando a injúria por amor de Cristo, abrindo as Escrituras ao povo e chamando-o ao arrependimento? ME 20 1 Deus conta com obreiros em todas as épocas. O chamado da hora é respondido prontamente. Assim, quando a voz divina clamar: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" a resposta virá: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Que todos os que trabalham eficientemente no campo da colportagem sintam no coração que estão fazendo a obra do Senhor em ministrar às almas que não conhecem a verdade para este tempo. Eles estão fazendo soar a nota de advertência nos caminhos e vaiados, para preparar um povo para o grande dia do Senhor, que está prestes a sobrevir ao mundo. Não temos nenhum tempo a perder. Precisamos animar esta obra. Quem sairá agora com nossas publicações? ME 20 2 O Senhor comunica habilidade a todo homem e mulher que deseja cooperar com o poder divino. Todo talento, ânimo, perseverança, fé e tato exigidos, virão ao se vestirem da couraça. Uma grande obra deve ser feita em nosso mundo, e certamente agentes humanos responderão à exigência. O mundo precisa ouvir a advertência. Quando vier o chamado: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" respondam com precisão: "Eis-me aqui, envia-me a mim." -- Testemunhos Seletos 2:547-549. ME 21 1 Não há tempo a perder -- A obra de colportagem é uma obra de grande responsabilidade, e significa muito para os homens e mulheres que nela se empenham. Estamos vivendo num tempo em que há uma grande obra a ser feita, e que melhor oportunidade podemos ter de dar o convite para a ceia que Cristo preparou? Os que neste tempo se dedicam com fervor e consagração à obra da colportagem, serão grandemente abençoados. Vocês não têm tempo a perder. Entreguem-se voluntária e abnegadamente à execução desta obra. Lembrem-se de que ela é evangelística em sua natureza, e que ajuda a dar a advertência tão grandemente necessária. -- Manuscrito 113, 1901. ------------------------Capítulo 3 -- Um chamado para os colportores-evangelistas ME 22 1 Chamado a recrutas -- Noite após noite, permaneço perante o povo, dando positivo testemunho e empenhando-me com eles para que despertem por completo e assumam a tarefa de disseminar nossas publicações. -- The Review and Herald, 20 de Abril de 1905. ME 22 2 O campo da colportagem precisa de novos obreiros. Os que se dedicam a esta obra no espírito do Mestre, acharão entrada nos lares dos que necessitam da verdade. A estes eles podem contar a singela história da cruz, e Deus os abençoará e fortalecerá ao levarem outros para a luz. A justiça de Cristo vai diante deles, e a glória de Deus é sua recompensa. -- The Review and Herald, 16 de Junho de 1903. ME 22 3 O Senhor chama a muitos -- O Senhor chama a muitos mais para trabalharem na colportagem. ... Por amor de Cristo, meus irmãos e irmãs, aproveitem o melhor possível as horas do novo ano para colocar a preciosa luz da verdade presente diante do povo. O anjo do concerto está dando poder aos Seus servos para levar a mensagem a todas as partes do mundo. Ele enviou Seus anjos com a mensagem de misericórdia; mas, como se eles não se apressassem suficientemente para satisfazer Seu coração de compassivo amor, Ele coloca sobre cada membro de Sua igreja a responsabilidade de proclamar esta mensagem. "Quem ouve diga: Vem." Apocalipse 22:17. Todo membro da igreja deve mostrar sua lealdade convidando o sedento a beber da água da vida. Um grande número de testemunhas vivas deve levar o convite ao mundo. Vocês querem fazer sua parte nesta grande obra? ME 23 1 Homens e mulheres -- Jesus está chamando a muitos missionários -- homens e mulheres que se consagrem a Deus, dispostos a gastar-se e deixar-se gastar em Seu serviço. Oh! não nos podemos lembrar de que há aqui um mundo pelo qual trabalhar? Não haveremos de avançar, passo a passo, deixando que Deus nos use como Sua mão auxiliadora? Não haveremos de nos colocar no altar do serviço? Então o amor de Cristo haverá de tocar-nos e transformar-nos, e fazer-nos dispostos a, por Sua causa, agir ousadamente. -- The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1903. ME 23 2 Muitos, homens e mulheres, podem fazer um excelente trabalho vendendo livros repletos de instrução direta e simples sobre a piedade prática. -- Manuscrito 81, 1900. ME 23 3 Chamado à juventude -- O Senhor chama nossos jovens para trabalharem como colportores e evangelistas, para que façam de casa em casa a obra nos lugares que até agora não ouviram a verdade. Ele Se dirige a nossos jovens, dizendo: "Não sabeis... que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19-20. Os que saírem para a obra sob a orientação de Deus, serão maravilhosamente abençoados. Os que nesta vida fazem o melhor que podem, serão capacitados para a futura vida imortal. -- The Review and Herald, 16 de Maio de 1912. ME 24 1 Temos uma obra a fazer. Eduquem jovens para que se dediquem ao ministério da Palavra. Eles devem ser educados para que se tornem colportores e se dediquem à venda de todos os livros que o Senhor por Seu Espírito Santo impressionou as mentes para que escrevessem. Essa espécie de publicações poderá ser assim posta diante de uma grande classe de pessoas que não ouviriam a verdade a menos que esta lhes fosse levada a seus lares. Essa é a obra dos evangelistas. -- Carta 135, 1900. ME 24 2 Cristo chama jovens para que se apresentem voluntariamente para levar a verdade ao mundo. Necessitam-se homens de fibra espiritual, homens que sejam capazes de encontrar trabalho à mão, porque o estão buscando. A igreja necessita novos homens, que dêem energia às fileiras, homens para a época, capazes de combater os erros, homens que inspirem novo zelo aos débeis esforços dos poucos obreiros, homens cujo coração esteja aquecido de amor cristão e cujas mãos estejam ansiosas por fazer a obra de seu Mestre. -- Manual for Canvassers, 22. ME 25 1 Centenas devem ir -- Que o Senhor inspire muitos de nossos jovens a entrarem no campo da colportagem como colportores-evangelistas. Pela obra da colportagem é a verdade apresentada a milhares que de outro modo não a ouviriam. Nosso tempo para o trabalho é curto. ... ME 25 2 Por que não se busca o Senhor com mais diligência, de maneira que centenas possam ser cheios do Espírito Santo e saiam a proclamar a verdade, "cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais..."? Marcos 16:20. Nossa comissão é fazer que a luz da página impressa brilhe em todos os lugares. Pela página impressa a luz alcança os que estão mais isolados, que não têm oportunidade de ouvir os pregadores em pessoa. Este é um trabalho missionário dos mais abençoados. Os colportores podem ser a mão auxiliadora do Senhor, abrindo portas para a entrada da verdade. ... ME 25 3 Precisamos despertar o zelo e o fervor dos colportores, convidando-os a levar a luz aos lugares escuros da Terra. Desta tarefa não está livre qualquer que tenha talentos e capacidade. Eles são requeridos como instrumentos do Senhor, chamados para cooperar com o Senhor Jesus na difusão da luz do Céu neste mundo entenebrecido de pecado. -- Carta 21, 1902. ME 25 4 Obreiros de cada igreja -- Deus convida obreiros de cada igreja entre nós, para que entrem em Seu serviço como colportores-evangelistas. Deus ama Sua igreja. Se os membros fizerem Sua vontade, esforçando-se por repartir a luz aos que se encontram em trevas, Ele abençoará em grande medida seus esforços. Ele descreve a igreja como sendo a luz do mundo. Por meio de seu fiel trabalho, uma multidão que ninguém poderá enumerar se tornará filhos de Deus, capacitados para a eterna glória. Cada filho de Deus deve se encher de Sua glória. Que, então, está a igreja fazendo para iluminar o mundo, de maneira que de todas as partes da Terra eleve a Ele um tributo de louvor e oração e ações de graças? -- Carta 124, 1902. ME 26 1 Homens comuns -- Nesta obra finalizadora do evangelho, haverá um vasto campo a ser ocupado; e mais do que nunca, a obra deve arregimentar dentre o povo comum, elementos para auxiliar. Tanto jovens como os de maior idade, serão chamados dos campos, das vinhas, das oficinas, enviados pelo Mestre a dar Sua mensagem. Muitos deles tiveram pouca oportunidade de se educar; Cristo, porém, vê neles qualificações que os habilitam a cumprir o Seu propósito. Se puserem o coração nessa obra e continuarem a aprender, serão habilitados para trabalhar por Ele. -- Educação, 269-270. ME 26 2 Bênção prometida -- Há trabalho missionário a ser feito na distribuição de folhetos e revistas, e na obra de colportagem com nossas diferentes publicações. Que nenhum de vocês pense que não se pode dedicar a este trabalho por ser cansativo e exigir tempo e esforço. Se ele requer tempo, dediquem-se a ele alegremente; e a bênção de Deus repousará sobre vocês. Nunca houve tempo em que fossem necessários mais obreiros que no presente. Há irmãos e irmãs em todas as nossas fileiras, que poderiam preparar-se para entrar nesta obra; em todas as nossas igrejas algo deve ser feito para a divulgação da verdade. É dever de todos estudar os vários pontos de nossa fé, para que estejam preparados para dar, com mansidão e temor, a razão da esperança que há neles. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1880. ME 27 1 A consagração que Deus espera -- Necessitamos de colportores, evangelistas, pastores, que tenham recebido o Espírito Santo e que sejam participantes da natureza divina. Necessitamos de obreiros capazes de falar com Deus e então com o povo. Estou alarmada por ver quanto obstáculo procura desviar homens do trabalho evangelístico e embaraçar assim a obra de Deus. ... Eu admoesto aos que deveriam estar na obra da colportagem, fazendo circular os livros tão necessários em toda parte, a que tenham cuidado e não virem as costas ao trabalho para o qual o Senhor os chamou. Que os homens a quem Deus chamou para fazer a obra do evangelho, não se embaracem com perplexidades de negócios. Conservem a alma na atmosfera mais favorável à espiritualidade. ... Deus deseja que cada obreiro que declara crer na verdade presente se consagre de corpo, alma e espírito à obra de buscar e salvar as almas que perecem ao seu redor. -- Manuscrito 44, 1903. ME 28 1 Colportores em cidades -- Os livros que contêm a preciosa luz da verdade presente permanecem nas prateleiras de nossas casas publicadoras. Esses livros devem ser espalhados. Necessitam-se colportores que entrem em nossas grandes cidades com esses livros. Ao irem eles de casa em casa, encontrarão almas famintas pelo pão da vida, aos quais podem dizer uma palavra a seu tempo. Necessitam-se colportores que sintam o fardo das almas. Você, talvez, diga: "Não sou pastor. Não posso pregar ao povo." Sim, você pode não ser capaz de pregar; mas pode ministrar, pode perguntar, aos que encontrar, se eles amam ao Senhor Jesus. Você pode ser um evangelista. Pode ser a mão ajudadora de Deus, trabalhando como os discípulos trabalharam, quando Cristo os enviou. Jovens, rapazes e moças, vocês são chamados pelo Mestre para assumir Sua obra. Há fome na Terra pelo evangelho puro. -- Manuscrito 113, 1901. ME 28 2 Chamados para os caminhos e vaiados -- As coisas deste mundo logo chegarão ao fim. Isso não é percebido pelos que não são divinamente iluminados, que não acompanham o desenvolvimento da obra de Deus. Homens e mulheres consagrados precisam sair para fazer soar a advertência nos caminhos e vaiados. Apelo a meus irmãos e irmãs para que não se empenhem num trabalho que os impeça de proclamar o evangelho de Cristo. Vocês são os porta-vozes de Deus. Devem falar a verdade com amor às almas que perecem. "Sai pelos caminhos e atalhos e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha", disse Cristo. Lucas 14:23. Não descrevem estas palavras claramente a obra do colportor? Com Cristo no coração, ele irá aos caminhos e vaiados da vida, apresentando o convite para as bodas. Homens de riqueza e influência virão, se forem convidados. Alguns recusarão o convite, mas, graças a Deus, nem todos. ME 29 1 Oh! que milhares mais de nosso povo tivessem conhecimento do tempo em que vivemos e da obra a ser feita no campo de serviço, no trabalho de casa em casa! Há muitos, muitos, que não conhecem a verdade. Precisam ouvir o chamado para ir a Jesus. Os tristes devem ser consolados, os fracos fortalecidos, os aflitos confortados. O evangelho deve ser pregado aos pobres. ME 29 2 O Mestre conhece Seus obreiros e deles cuida, seja qual for a parte da vinha em que estejam trabalhando. Ele convida Sua igreja para levantar-se e familiarizar-se com a situação. Convida os obreiros de nossas instituições a despertar e pôr em ação influências que façam Seu reino avançar. Enviem eles obreiros ao campo e então cuidem de que o interesse desses obreiros não se relaxe por falta de simpatia e de oportunidades para desenvolvimento. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. ME 30 1 Como folhas de outono -- Este é um trabalho que deve ser feito. O fim está próximo. Já se perdeu muito tempo, quando esses livros já deviam estar em circulação. Eles devem ser vendidos longe e perto. Devem ser espalhados como folhas de outono. Ninguém deve impedir que essa obra continue. Almas estão perecendo sem Cristo, e precisam ser advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu. -- The Review and Herald, 13 de Agosto de 1908. ME 30 2 Cem onde há um -- As ovelhas perdidas do rebanho de Deus estão espalhadas em toda parte, e o trabalho que deveria ser feito por elas está sendo negligenciado. Pela luz que me foi dada, sei que onde há um colportor no campo, deveria haver cem. -- Testemunhos Seletos 2:533. ME 30 3 Certeza de sucesso -- O colportor pode realizar uma grande e boa obra. O Senhor deu aos homens tato e habilidades. Aos que usam para Sua glória esses talentos, valendo-se dos princípios bíblicos, será concedido êxito. Devemos trabalhar e orar, pondo nossa confiança nAquele que jamais falha. -- Testemunhos Seletos 2:555. ------------------------Capítulo 4 -- Escolha de colportores-evangelistas ME 31 1 Senso de responsabilidade -- Por ser uma obra missionária, a disseminação de nossas publicações deve ser feita de um ponto de vista missionário. Os que são escolhidos como colportores, devem ser homens e mulheres que sintam a responsabilidade do serviço, cujo objetivo não seja conseguir lucros, mas proporcionar luz ao povo. Todo o nosso serviço deve ser feito para a glória de Deus, a fim de levar a luz da verdade aos que estão em trevas. Os princípios egoístas, o amor ao ganho, à dignidade ou à posição, não devem ser mencionados nenhuma vez entre nós. -- Testemunhos Seletos 2:536. ME 31 2 Cuidado na escolha -- A obra da colportagem é mais importante do que muitos a consideram, e tanto cuidado e sabedoria devem ser usados em escolher obreiros para ela como na escolha de homens para o ministério. Jovens podem ser preparados para fazer melhor trabalho do que tem sido feito, e com muito menos remuneração do que muitos têm recebido. Elevem a norma para que os que são desprendidos e abnegados, que amam a Deus e a humanidade, se unam ao exército de obreiros. Que venham, não esperando facilidades, mas para serem valorosos e de bom ânimo sob objeções e contratempos. Venham os que podem dar um bom testemunho de nossas publicações, por isso que eles mesmos apreciam seu valor. -- Testemunhos para a Igreja 5:405-406. ME 32 1 Nossos irmãos devem mostrar discrição em escolher colportores, a menos que tenham resolvido ver a verdade mal compreendida e mal representada. Devem dar bons lucros a todos os verdadeiros obreiros, mas a quantia não deve ser aumentada a ponto de comprar colportores, porque esse procedimento os prejudica, tornando-os egoístas e pródigos. Procurem fazer com que se compenetrem do espírito da verdadeira obra missionária e da necessidade de adquirir as habilitações necessárias para garantir o êxito. O amor de Jesus na alma levará o colportor a sentir que é um privilégio trabalhar para difundir a luz. Ele estudará, planejará e orará a respeito do assunto. -- Testemunhos para a Igreja 5:403. ME 32 2 Boa apresentação, tato e visão -- Necessitam-se missionários em toda parte. Em todas as partes do campo devem-se escolher colportores, não do elemento inconstante da sociedade, não dentre homens e mulheres que para nada mais prestam e em nada têm êxito, mas dentre os que têm boa apresentação, tato, fina percepção e habilidade. Tais pessoas são necessárias para ter êxito como colportores e diretores. Somente homens adaptados a esta obra podem realizá-la; mas algum pastor imprudente haverá de lisonjeá-los, dizendo que seu talento deveria ser empregado no púlpito, em vez de simplesmente na obra do colportor. Assim esta obra é diminuída. Eles são influenciados a buscar licença para pregar; e justamente aqueles que poderiam ter sido preparados para se tornarem bons missionários, a fim de visitar as famílias em seus lares, falar e orar com elas, são levados a se tornarem pastores deficientes; e o ramo em que é preciso tanto trabalho e onde tanto bem poderia ser efetuado pela causa, é negligenciado. O colportor eficiente, do mesmo modo que o pastor deve ter suficiente remuneração por seu serviço, se seu trabalho é feito fielmente. -- Testemunhos para a Igreja 4:389-390. ME 33 1 Os de melhores talentos -- Nem todos se adaptam a esta obra. Os que possuem o melhor talento e habilidade, que lançarão mão da obra inteligente e sistematicamente, e a levarão avante com perseverante energia, são os que devem ser escolhidos. Deve haver um plano mais bem organizado, e este deve ser fielmente realizado. Em todas as partes as igrejas devem sentir o mais profundo interesse pela obra missionária e com folhetos. -- Testemunhos para a Igreja 4:390. ME 33 2 Necessária experiência religiosa -- Jovens cristãos devem ser escolhidos para disseminar os livros que contêm a verdade presente. Jovens que não têm experiência religiosa não podem ser aceitos como colportores de nossos livros, porque não podem representar na devida forma as preciosas verdades. Enviar tais jovens ao campo da colportagem é injusto para eles e para a obra do Senhor. Esta é uma sagrada obra, e os que a ela se dedicam devem ser capazes de testemunhar de Cristo. -- The Review and Herald, 7 de Outubro de 1902. ME 34 1 A colportagem é o melhor meio de se obter experiência. Estejam certos de que essas almas estão de fato convertidas antes de encorajá-las a entrar em qualquer setor do trabalho. Certos disso, deixem que saiam para trabalhar, e Deus trabalhará com elas. -- Manuscrito 126, 1899. ME 34 2 Obra sagrada -- A obra da colportagem deve ser considerada sagrada, e os que têm as mãos impuras e coração manchado não devem ser encorajados a dedicar-se a ela. Os anjos de Deus não podem acompanhar aos lares do povo pessoas não consagradas; portanto, todos os não-convertidos, cujos pensamentos são corruptos, que irão deixar a marca de suas imperfeições em tudo que tocarem, devem ser impedidos de manusear a verdade de Deus. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. ------------------------Capítulo 5 -- Os estudantes e o evangelismo através da colportagem ME 35 1 Plano divino para os estudantes -- O Senhor instituiu um plano pelo qual muitos dos estudantes de nossas escolas podem aprender lições práticas indispensáveis ao sucesso futuro. Ele nos tem dado o privilégio de manusear preciosos livros que têm sido dedicados ao progresso de nossa obra de saúde e de educação. No próprio manuseio desses livros os jovens encontrarão muitas experiências que lhes ensinarão como tratar com problemas que os esperam nas regiões distantes. Durante sua vida escolar, em contato com esses livros, muitos aprendem como se aproximar cortesmente do povo, e como exercer tato na conversação com eles em diferentes pontos da verdade presente. Ao alcançarem certo grau de êxito financeiro, alguns aprenderão lições de poupança e economia que lhes serão de grande vantagem quando forem enviados como missionários. -- The Review and Herald, 4 de Junho de 1908. ME 35 2 Escolas de preparo -- Nossas escolas foram estabelecidas pelo Senhor; e se forem conduzidas em harmonia com Seu propósito, os jovens a elas enviados depressa desejarão ser preparados para se empenhar em vários ramos da obra missionária. Alguns se prepararão para entrar no campo como missionários enfermeiros, outros como colportores, outros como evangelistas e outros ainda como professores e alguns como pregadores evangélicos. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1903. ME 36 1 Colportores estudantes -- Quando termina o ano escolar, há oportunidade para muitos saírem ao campo como colportores-evangelistas. O colportor fiel encontra entrada em muitos lares, onde deixa a preciosa leitura contendo a verdade para este tempo. -- The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. ME 36 2 Escola de Cristo -- Como estudantes, vocês devem estar sempre aprendendo na escola de Cristo; é necessário que levem para a obra o capital que lhes foi confiado, de energia física e mental. Deus não aceita o coração dividido. Há homens e mulheres que deviam estar se preparando para serem colportores e instrutores bíblicos. Devem afastar de si todo pensamento não santificado e prática corrupta para que possam ser santificados pela verdade. Devem ser participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Nada menos que o poder de Deus os fará retos e os guardará em retidão. Vocês devem oferecer a Deus não menos que o melhor que possuem. Devem fazer obra sempre melhor ao pôr em prática o que aprenderam. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. ME 37 1 Meio de educação -- Foi-me concedida luz especial em relação à obra da colportagem, e a impressão e o fardo não me abandonam. Esta obra é um meio de educação. É uma excelente escola para os que estão se habilitando para o ministério. Os que assumem esta obra como devem, colocam-se onde aprendem de Cristo e seguem Seu exemplo. Anjos são comissionados a ir com os que assumem esta obra na devida humildade. -- Manuscrito 26, 1901. ME 37 2 Na verdade, a melhor educação que os jovens podem obter é entrar na colportagem e trabalhar de casa em casa. Nesta obra eles encontrarão oportunidade de falar as palavras da vida. Assim semearão a semente da verdade. Que os jovens mostrem que sentem sobre si um fardo do Senhor. A única maneira de provarem que podem permanecer firmes em Deus, havendo tomado a armadura completa, é fazer fielmente a obra que Deus lhes deu para fazer. -- Manuscrito 75, 1900. ME 37 3 Preparo para o ministério -- Alguns homens que Deus chamou ao trabalho do ministério, entraram no campo como colportores. Fui instruída de que, se seu objetivo é disseminar a luz, este é um excelente preparo para levar as verdades da Palavra de Deus diretamente ao círculo do lar. Em conversa, muitas vezes o caminho será aberto para eles falarem da religião da Bíblia. Se o trabalho é feito como deve ser, famílias serão visitadas, os obreiros manifestarão ternura cristã e amor às almas, e grande bem será o resultado. Esta será uma excelente experiência para qualquer pessoa que tem o ministério em vista. ME 38 1 Aqueles que estão se preparando para o ministério, não podem empenhar-se em outra ocupação que lhes dê tão ampla experiência como a colportagem. -- Testemunhos Seletos 2:550. ME 38 2 Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos de ocupação; mas as lições aprendidas, o tato e a disciplina adquiridos, hão de preparar vocês para outros campos de utilidade, onde poderão auxiliar almas. Aqueles que deficientemente aprendem sua lição e são descuidados e bruscos ao aproximar-se das pessoas, haveriam de mostrar a mesma falta de tato e habilidade em lidar com mentes, se entrassem no ministério. ... ME 38 3 Na colportagem evangélica, os jovens podem tornar-se melhor preparados para o trabalho ministerial do que gastando muitos anos na escola. -- Manual for Canvassers, 54-55. ME 38 4 Conhecimento essencial -- Aos que freqüentam a escola a fim de aprender a fazer mais perfeitamente a obra de Deus, desejo dizer: Lembrem-se de que unicamente por uma consagração diária a Deus é que poderão tornar-se ganhadores de almas. Há os que não podem freqüentar a escola por serem demasiado pobres para pagar o estipêndio. Mas quando se tornam filhos e filhas de Deus, lançam mão do trabalho onde se acham, trabalhando pelos que estão a seu redor. Ainda que destituídos do conhecimento obtido na escola, consagram-se a Deus, e Deus trabalha por intermédio deles. À semelhança dos discípulos que foram chamados de junto de suas redes para seguir a Cristo, eles aprendem preciosas lições do Salvador. Unem-se ao Grande Mestre, e o conhecimento que obtêm das Escrituras, habilita-os a falar de Cristo aos outros. Assim se tornam verdadeiramente sábios, porque não são por demais sábios em seu próprio conceito para receberem instrução do alto. O renovador poder do Espírito Santo dá-lhes energia prática e salvadora. ME 39 1 O conhecimento do homem mais sábio, se ele não estudou na escola de Cristo, é loucura ao ele tentar conduzir almas a Cristo. Deus pode trabalhar unicamente com os que aceitem o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. -- Testemunhos Seletos 2:537. ------------------------Capítulo 6 -- Uma obra de salvação de almas ME 40 1 Meio de levar almas a Cristo -- Necessitamos reconhecer a importância da colportagem como um grande meio de descobrir os que estão em perigo e levá-los a Cristo. Nunca se deve proibir aos colportores falar do amor de Cristo, contar sua experiência em seu serviço pelo Mestre. Devem ter liberdade em falar e orar com os que estão despertados. A simples história do amor de Cristo pelo homem abrirá portas para eles, mesmo no lar de incrédulos. -- Testemunhos Seletos 2:543. ME 40 2 Meus irmãos e irmãs, lembrem-se de que um dia estarão em pé diante do Senhor de toda a Terra, para dar contas das ações praticadas no corpo. Então o trabalho de vocês aparecerá como em realidade é. A vinha é grande, e o Senhor está chamando obreiros. Não permitam que coisa alguma os impeça de salvar almas. A colportagem é o meio mais bem-sucedido de ganhar almas. Não querem experimentá-lo? -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. ME 40 3 Revelando a Cristo -- Os interesses de Cristo são os primeiros e os mais elevados de todos os interesses. Ele tem, neste mundo, uma propriedade que deseja ver segura, salva para Seu eterno reino. É para a glória de Seu Pai e para a Sua própria que Seus mensageiros devem sair em Seu nome, porque estes e Ele são um. Eles devem revelá-Lo ao mundo. Os interesses de Cristo são os interesses deles. Se eles forem cooperadores dEle, serão feitos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, de uma herança imortal. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. ME 41 1 Caçar e pescar almas -- São necessários colportores-evangelistas para caçar e pescar almas. A colportagem deve agora ser empreendida zelosa e resolutamente. O colportor cujo coração é manso, modesto e humilde, pode trabalhar com êxito. Saindo de dois em dois, os colportores podem alcançar uma classe que nossas reuniões campais não atingem. De família em família, eles levam a mensagem de verdade. Assim chegam em íntimo contato com as pessoas e acham muitas oportunidades para falar do Salvador. Cantem e orem com aqueles que se interessarem pelas verdades que têm para dar. Falem às famílias as palavras de Cristo. Podem esperar êxito, porque deles é a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Os colportores que saem no espírito do Mestre, têm a companhia de seres celestiais. ME 41 2 Rogo aos que têm responsabilidades na causa de Deus que não permitam que empreendimentos comerciais se coloquem entre eles e a obra de salvar almas. Que os negócios não absorvam o tempo e os talentos dos obreiros, que devem estar empenhados em preparar um povo para a vinda do Senhor. A verdade deve ir avante como uma lâmpada acesa. O tempo é breve; o inimigo fará todo esforço para exaltar em nossa mente coisas de pouca importância e para levar-nos a considerar com leviandade exatamente a obra que mais precisa ser feita. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. ME 42 1 Todas as classes -- A fim de alcançar todas as classes, precisamos ir ter com elas. Raramente nos virão procurar de vontade própria. Não somente do púlpito é tocado o coração dos homens pela verdade divina. Outro campo de trabalho existe, mais humilde, talvez, mas igualmente promissor. Encontra-se no lar do humilde, e na mansão do grande. -- O Desejado de Todas as Nações, 152. ME 42 2 Nos caminhos -- Levem os livros aos homens de negócio e aos ensinadores do evangelho, cuja mente não foi atraída para as especiais verdades para este tempo. A mensagem deve ser dada nos "caminhos" -- a homens que têm parte ativa no trabalho do mundo, aos ensinadores e dirigentes do povo. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. ME 42 3 Os livros alcançarão os que não podem ser alcançados de nenhuma outra maneira -- os que vivem longe dos grandes centros. Eu chamo a esses, os ouvintes dos atalhos. A tais pessoas nossos colportores devem levar os livros que contêm a mensagem de salvação. ME 43 1 Nossos colportores devem ser evangelistas de Deus e ir de casa em casa, em lugares fora de mão, abrindo as Escrituras aos que encontrarem. Acharão os que estão ansiosos por aprender das Escrituras. ... ME 43 2 Desejo grandemente fazer tudo que estiver em meu poder para alcançar aos que estão nos caminhos e nos atalhos. -- Carta 155, 1903. ME 43 3 Centros de turismo -- Nos famosos centros de turismo e estâncias hidrominerais, onde milhares vão em busca de saúde e de prazer, devem ser colocados pastores e colportores capazes de prender a atenção das multidões. Esses obreiros devem atentar para a oportunidade de apresentar a mensagem para este tempo e realizar reuniões ao apresentar-se ocasião. Devem aproveitar sem demora as oportunidades de falar ao povo. Acompanhados pelo poder do Espírito Santo, devem ir ao encontro do povo com a mensagem apresentada por João Batista: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus." Mateus 3:2. A Palavra de Deus deve ser apresentada com clareza e poder, para que os que têm ouvidos para ouvir ouçam a verdade. Assim, o evangelho da verdade presente será posto no caminho dos que não o conhecem, e será aceito por não poucos, e levados por estes a seus próprios lares em todas as partes do mundo. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1906. ME 44 1 Ajudando os intemperantes -- Em seu trabalho, vocês encontrarão os que estão lutando contra o apetite. Falem palavras que os fortaleçam e os animem. Não deixem Satanás apagar a última centelha de esperança de seu coração. Cristo diz do errante, vacilante e que luta com o mal: "Deixa-o vir a Mim" (2 Reis 5:8); e Ele coloca Sua mão debaixo dele e o levanta. A obra que Ele fez, vocês, como Seus evangelistas, podem fazer ao irem de lugar em lugar. Trabalhem com fé, esperando que almas sejam ganhas para Aquele que deu Sua vida a fim de que homens e mulheres pudessem estar junto de Deus. Cooperem com Deus para libertar o alcoólatra e o fumante dos hábitos que os rebaixam até o ponto de estarem abaixo do nível dos animais, que perecem. -- The Review and Herald, 7 de Janeiro de 1903. ME 44 2 Orar pelos enfermos e desanimados -- Cristo semeava as sementes da verdade onde quer que estivesse, e como Seus seguidores, vocês podem testemunhar em favor do Mestre, fazendo um precioso trabalho no círculo familiar. Ao se associarem desse modo com o povo, muitas vezes encontrarão pessoas enfermas e desanimadas. Se vocês se aproximarem de Cristo, levando Seu jugo, diariamente aprenderão dEle como levar mensagens de paz e conforto aos aflitos e desanimados, tristes e contritos. Podem mostrar aos desanimados a Palavra de Deus e apresentar os doentes ao Senhor em oração. Ao orarem, falem a Cristo como fariam a um fiel e amado amigo. Mantenham uma doce, franca e agradável dignidade, como um filho de Deus. Isso será reconhecido. -- Testemunhos Seletos 2:542-543. ME 45 1 Falar do amor de Cristo -- Muitas vezes são apresentados assuntos doutrinários sem nenhum efeito especial, porque os homens já esperam que os outros lhes queiram impor suas doutrinas. Mas quando o incomparável amor de Cristo é focalizado, Sua graça impressiona o coração. Há muitos que estão sinceramente buscando a luz, que não sabem o que fazer para serem salvos. Oh! falem a eles do amor de Deus, do sacrifício feito na cruz do Calvário para salvar os que perecem! Digam-lhes que coloquem sua vontade ao lado da vontade de Deus; e "se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus". João 7:17. -- Manual for Canvassers, 46-48. ME 45 2 Evitar pontos controvertidos -- Quando o colportor visita as pessoas em seu lar, muitas vezes tem a oportunidade de ler para elas trechos da Bíblia ou dos livros que ensinam a verdade. Quando ele descobre aqueles que estão buscando a verdade, pode dar-lhes estudos bíblicos. Estes estudos são justamente o que o povo necessita. Deus usará em Seu serviço aqueles que mostram um profundo interesse nas almas que perecem. Por meio deles, Ele comunicará luz aos que estão prontos para receber instrução. ME 46 1 Alguns dos que trabalham na colportagem têm um zelo que não está de acordo com o entendimento. Devido a sua falta de sabedoria e a se inclinarem a agir como pastores ou teólogos, tem-se tornado quase uma necessidade impor restrições a nossos colportores. Quando a voz do Senhor pergunta: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" o divino Espírito põe no coração a resposta: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Mas tenham em mente que a brasa viva do altar precisa primeiro tocar os lábios de vocês. Então as palavras que falarem serão palavras sábias e santas. Vocês terão sabedoria para saber o que dizer e o que deixar de dizer. Não tentarão revelar sua habilidade como teólogos. Terão cuidado de não levantar um espírito combativo ou excitar preconceitos, de introduzir pontos controvertidos de doutrina. Encontrarão bastante sobre o que falar, que não despertará oposição, mas abrirá o coração para desejar um conhecimento mais profundo da Palavra de Deus. ME 47 1 Pronto para responder -- O Senhor deseja que vocês se tornem ganhadores de almas; por isso, conquanto não devam impor ao povo pontos doutrinários, estejam "sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês". 1 Pedro 3:15. Por que temor? -- Temor de que suas palavras cheirem a presunção, de que sejam faladas palavras imprudentes, de que suas palavras e maneiras não sejam segundo a semelhança de Cristo. Liguem-se firmemente a Cristo e apresentem a verdade como se acha nEle. -- Testemunhos Seletos 2:543-544. ME 47 2 Exaltando a Cristo -- Trabalhem como Paulo trabalhava. Onde quer que estivesse, diante dos intratáveis fariseus ou das autoridades romanas, dos ricos ou dos pobres, dos sábios ou ignorantes, do coxo de Listra ou dos convictos pecadores da prisão macedônica, ele exaltava a Cristo como Aquele que odeia o pecado e ama o pecador, que levou os nossos pecados para que nos pudesse comunicar Sua justiça. -- Manual for Canvassers, 44. ME 47 3 Importante como a pregação -- O pastor-evangelista que se empenha na colportagem, realiza um serviço tão importante quanto a pregação do evangelho perante a congregação cada sábado. Deus olha para o fiel colportor-evangelista com tanta aprovação quanto olha para todo fiel pastor. Ambos possuem luz e ambos devem fazê-la brilhar em suas respectivas esferas de influência. Deus requer de todo homem que coopere com a grande Obra Médico-Missionária e saia pelos caminhos e atalhos. Todo homem, em seu setor particular de serviço, tem uma obra a fazer para Deus. Tais obreiros, se convertidos, são verdadeiros missionários. -- Carta 186, 1903. ME 48 1 Há alguns que se adaptam à obra da colportagem e que podem fazer mais nesse ramo do que pregando. Se o Espírito de Cristo habitar em seu coração, acharão oportunidade para apresentar Sua Palavra a outros e para dirigir a mente às especiais verdades para este tempo. -- Testemunhos Seletos 2:542. ------------------------Capítulo 7 -- Entrega completa a Deus ME 49 1 O mais importante -- Os que trabalham na colportagem devem primeiro entregar-se completamente a Deus. Cristo os convida: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. -- Manuscrito 26, 1901. ME 50 1 Humildes e prontos a aprender -- Ao escolher homens e mulheres para Seu serviço, Deus não indaga se possuem saber, eloqüência ou riquezas mundanas. Pergunta: "Andam eles com tanta humildade, que Eu lhes possa ensinar os Meus caminhos? Posso pôr-lhes nos lábios as Minhas palavras? Representar-Me-ão eles?" ME 50 2 Deus pode servir-Se de cada pessoa na proporção exata em que Lhe é possível pôr o Seu Espírito no templo da alma. A obra que aceita, é aquela que Lhe reflete a imagem. Seus seguidores devem apresentar, como credenciais perante o mundo, as indeléveis características de Seus princípios imortais. -- Testemunhos Seletos 3:145-146. ME 50 3 Por que muitos têm falhado -- Os colportores precisam converter-se diariamente a Deus, a fim de que suas palavras e ações sejam um cheiro de vida para vida, para que possam exercer uma influência salvadora. A razão por que muitos fracassaram na colportagem, está em não terem sido cristãos genuínos; não conheciam o espírito da conversão. Tinham uma teoria a respeito de como a obra devia ser feita, mas não sentiam sua dependência de Deus. ME 50 4 Transformado pela contemplação -- Colportores, lembrem-se de que nos livros que manuseiam, vocês estão apresentando, não a taça que contém o vinho de Babilônia, as doutrinas do erro ministradas aos reis da Terra, mas a taça cheia da preciosidade das verdades da redenção. Querem vocês próprios beber dela? Seu espírito pode ser levado em cativeiro à vontade de Cristo, e Ele pode colocar sobre vocês Sua própria imagem. Pela contemplação, vocês serão transformados de glória em glória, de caráter em caráter. Deus deseja que vocês venham para a frente, falando as palavras que Ele lhes dará. Deseja que demonstrem ter elevado apreço pela humanidade, essa humanidade que foi adquirida pelo precioso sangue do Salvador. Quando vocês caírem sobre a pedra e se despedaçarem, experimentarão o poder de Cristo, e os outros reconhecerão o poder da verdade em seu coração. -- Testemunhos Seletos 2:536. ME 51 1 Revestir-se de Cristo -- Ninguém pode ter êxito como ganhador de almas antes de decidir entregar-se a Deus. Devemos, individualmente, revestir-nos do Senhor Jesus Cristo. Para cada um de nós Ele tem de tornar-Se sabedoria, justiça, santificação e redenção. Quando nossa fé se apodera de Cristo como nosso Salvador pessoal, O apresentaremos perante os outros sob nova luz. E quando o povo contempla a Cristo como Ele é, não contenderão a respeito de doutrinas; fugirão para Ele em busca de perdão, pureza e vida eterna. ME 51 2 A dificuldade que mais deve ser temida, é a de que o colportor não convertido encontre estas almas indagadoras; que ele não conheça por experiência o amor de Cristo, que excede todo o entendimento. Se ele mesmo não tem este conhecimento, como pode contar aos outros a preciosa e velha história? O povo precisa ser ensinado a respeito da própria essência da verdadeira fé, o caminho para aceitar a Cristo e confiar nEle como seu Salvador pessoal. Precisam saber como podem seguir Seus passos para onde quer que Ele vá. Que os pés do obreiro sigam, passo a passo, as pisadas de Jesus e não assinalem nenhum outro caminho para ir ao Céu. ME 52 1 Atrair as pessoas ao Redentor -- Muitos cristãos professos se afastaram de Cristo, o grande centro, e têm feito a si mesmos de centros; mas se desejarem ser bem-sucedidos em atrair outros ao Salvador, eles próprios precisam refugiar-se nEle e reconhecer a completa dependência de Sua graça. Satanás tem feito o máximo esforço para romper a cadeia que une os homens a Deus; deseja amarrar-lhes o espírito a seu próprio carro e fazê-los escravos em seu serviço; mas nós devemos trabalhar contra ele e atrair as pessoas ao Redentor. -- Manual for Canvassers, 50. ME 52 2 Absoluta honestidade -- Se o colportor segue um mau procedimento, se mente ou engana, perde o respeito de si mesmo. Ele pode não ter consciência de que Deus o vê e está a par de cada transação comercial, de que anjos estão pesando seus motivos e ouvindo suas palavras, e de que sua recompensa será de acordo com suas obras; mas mesmo que fosse possível ocultar seu mau procedimento da inspeção humana e divina, o fato de ele próprio o saber, é degradante a seu espírito e caráter. Um único ato não determina o caráter, mas quebra a barreira; e a tentação seguinte é mais prontamente acolhida, até que, finalmente, se forma um hábito de desonestidade e mentira no negócio, e o homem se torna indigno de confiança. ME 53 1 Há muitos, nas famílias e na igreja, que pouca importância dão a incoerências gritantes. Há jovens que parecem o que não são. Parecem honestos e verdadeiros, mas são como sepulcros caiados: bonitos por fora mas corruptos por dentro. O coração está manchado, denegrido pelo pecado; e assim permanece o registro nas cortes celestiais. Em seu espírito está em andamento um processo que os tornou calejados, insensíveis. Mas se seu caráter, pesado nas balanças do santuário, for pronunciado em falta no grande dia de Deus, isto será uma calamidade que não compreendem agora. A verdade, a preciosa e pura verdade, deve fazer parte do caráter. ME 53 2 Pureza de vida -- Qualquer que seja o caminho escolhido, a senda da vida está rodeada de perigos. Se os obreiros em qualquer ramo da causa se tornam descuidosos e desatentos a seus deveres eternos, estão enfrentando grande perda. O tentador achará acesso a eles. Ele espalhará redes para seus pés e os guiará em caminhos duvidosos. Só estão seguros aqueles cujo coração está guarnecido de princípios puros. Como Davi, eles orarão: "Dirige os meus passos nos Teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem." Salmos 17:5. Uma constante batalha precisa ser mantida contra o egoísmo e a corrupção do coração humano. Muitas vezes os ímpios parecem ser prósperos em seus caminhos; mas os que esquecem a Deus, mesmo por uma hora ou um momento, estão num caminho perigoso. Pode ser que não reconheçam seus perigos; mas antes de estarem apercebidos, o hábito, semelhante a um laço de ferro, prende-os em sujeição ao mal, com o qual brincaram. Deus despreza seu procedimento e Sua bênção não os acompanhará. ME 54 1 Não transigir com o pecado -- Tenho visto que jovens empreendem este trabalho sem se ligarem ao Céu. Colocam-se no caminho da tentação para mostrar sua bravura. Riem-se da insensatez dos outros. Eles conhecem o caminho reto; sabem como conduzir-se. Quão facilmente podem resistir à tentação! Quão infundado é pensar em sua queda! Mas não fazem de Deus sua defesa. Satanás tem um insidioso laço preparado para eles, e eles mesmos se tornam objeto dos tolos. ME 54 2 Nosso grande adversário tem agentes que estão constantemente à caça de uma oportunidade para destruir almas, como um leão caça sua presa. Fuja deles, jovem! Embora pareçam ser seus amigos, eles astutamente introduzem maus caminhos e práticas. Eles o lisonjeiam com os lábios e oferecem-se para ajudá-lo e guiá-lo; mas seus passos dirigem-se para o inferno. Se você ouvir seus conselhos, isto pode ser o ponto decisivo de sua vida. A remoção de uma única salvaguarda da consciência, a transigência com um só hábito, uma simples negligência das elevadas exigências do dever, pode ser o princípio de uma série de enganos, que o passará para as fileiras dos que estão servindo a Satanás, ao passo que você está o tempo todo professando amar a Deus e a Sua causa. Um momento de negligência, um único passo em falso, pode mudar todo o curso de sua vida para uma direção errada. E pode ser que você nunca venha a saber o que causou sua ruína, antes de ser pronunciada a sentença: "Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniqüidade." Mateus 7:23. ME 55 1 Abandonar más companhias -- Alguns jovens sabem que aquilo que eu tenho dito, descreve plenamente seu procedimento. Seus caminhos não estão ocultos ao Senhor, ainda que estejam ocultos a seus melhores amigos, e mesmo a seus pais. Tenho pouca esperança de que alguns deles jamais mudem sua vida de hipocrisia e engano. Outros que erram estão procurando recuperar-se. Que o querido Jesus os auxilie para que fiquem firmes contra todas as falsidades e lisonjas dos que haveriam de enfraquecer seus propósitos de fazer o que é reto, ou que haveriam de insinuar dúvidas ou sentimentos de infidelidade para abalar sua fé na verdade. Jovens amigos, não gastem uma hora sequer na companhia daqueles que os inabilitariam para a pura e sagrada obra de Deus. Não façam diante dos estranhos coisa alguma que não fariam diante de seus pais, ou que teriam vergonha de fazer diante de Cristo e dos anjos. ME 56 1 Alguns podem pensar que os observadores do sábado não necessitam destas admoestações; mas aqueles a quem elas se aplicam sabem o que eu quero dizer. Eu lhes digo, jovens, que se acautelem; porque vocês não podem fazer coisa alguma que não seja aberta aos olhos dos anjos de Deus. Não podem praticar uma ação má, sem que outros sejam afetados por ela. Enquanto seu procedimento revela que espécie de material é empregado na formação do próprio caráter, exerce também uma poderosa influência sobre os outros. Nunca percam de vista o fato de que vocês pertencem a Deus, de que foram comprados por preço e de que precisam prestar contas a Ele de todos os talentos que lhes confiou. Ninguém cuja mão esteja manchada com pecado, ou cujo coração não seja reto para com Deus, deve ter qualquer parte na colportagem, porque tais pessoas, certamente, desonrarão a causa da verdade. Os que são obreiros no campo missionário, precisam de Deus para os guiar. Devem ser cuidadosos para começar direito, e então prosseguir calma e firmemente no caminho da retidão. Devem ser resolutos, pois Satanás é resoluto e perseverante em seus esforços por vencê-los. -- Testemunhos para a Igreja 5:396-399. ME 57 1 Constante dependência de Deus -- Aquele que em seu trabalho encontra provas e tentações, deve tirar proveito dessas experiências, aprendendo a apoiar-se mais decididamente em Deus. Deve sentir a todo momento sua dependência de Deus. ME 57 2 Nenhuma queixa deve ser cultivada em seu coração ou ser pronunciada por seus lábios. Quando bem-sucedido, não deve tomar para si nenhuma glória, porque seu êxito é devido à operação dos anjos de Deus sobre o coração. E lembre-se ele de que tanto nos momentos de ânimo como nos de desânimo, os mensageiros celestiais estão sempre a seu lado. Ele deve reconhecer a bondade do Senhor, e louvá-Lo com alegria. ME 57 3 Cristo pôs de lado Sua glória e veio à Terra para sofrer pelos pecadores. Se encontrarmos durezas em nosso trabalho, olhemos para Aquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Então não falharemos nem ficaremos desanimados. Suportaremos as durezas como bons soldados de Jesus Cristo. Lembremo-nos do que Ele diz de todos os verdadeiros crentes: "Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós." 1 Coríntios 3:9. -- Testemunhos Seletos 2:550-551. ------------------------Capítulo 8 -- Plenamente preparado ME 58 1 Preparo integral -- Ainda se poderá fazer uma obra muito mais eficaz do que a que tem sido feita até agora na colportagem. O colportor não deve sentir-se satisfeito, a menos que esteja constantemente melhorando. Ele deve fazer completa preparação, mas não deve satisfazer-se com uma forma estabelecida de palavras; deve dar ao Senhor uma oportunidade de cooperar com seus esforços e impressionar-lhe a mente. O amor de Jesus presente no coração o capacitará a imaginar meios de alcançar os indivíduos e famílias. -- Testemunhos para a Igreja 5:396. ME 58 2 Que uma classe de colportores seja habilitada mediante completa instrução e exercício, a manusear as publicações que saírem dos prelos. -- Carta 66, 1901. ME 58 3 Conhecimento da Palavra de Deus -- A mente de todos deve ser enriquecida com o conhecimento das verdades da Palavra de Deus, a fim de que possam achar-se preparados, em qualquer momento em que lhes seja requerido, a apresentar de memória, coisas novas e velhas. -- Obreiros Evangélicos, 281. ME 58 4 Conhecimento do livro que vendem -- Os colportores devem familiarizar-se perfeitamente com o livro que vendem e estar habilitados a chamar de pronto a atenção para os capítulos importantes. -- Testemunhos Seletos 2:554. ME 59 1 Cultura intelectual e do coração -- Necessitam-se jovens que sejam amadurecidos no entendimento, que apreciem as faculdades intelectuais que Deus lhes deu, e que as cultivem com o maior cuidado. O exercício amplia essas faculdades, e se a cultura do coração não é negligenciada, o caráter será bem equilibrado. Os meios de progresso estão ao alcance de todos. Ninguém desaponte o Mestre, quando Ele vier para buscar os frutos, apresentando-Lhe nada mais que folhas. Um propósito resoluto, santificado pela graça de Cristo, fará maravilhas. -- Testemunhos para a Igreja 5:403. ME 59 2 Sejam os colportores estudantes fiéis, aprendendo como ter o máximo êxito. E enquanto estão assim empregados, conservem os olhos, e os ouvidos, e o entendimento abertos para receber sabedoria de Deus, a fim de que saibam como ajudar aos que estão perecendo por falta de conhecimento de Cristo. Que cada obreiro concentre suas energias e use suas faculdades para o mais elevado de todos os serviços -- para reaver homens enganados por Satanás e ligá-los a Deus, prendendo a cadeia de dependência por Jesus Cristo ao trono circundado pelo arco-íris da promessa. -- Manual for Canvassers, 50-51. ME 60 1 Responsabilidades dos instrutores -- Os instrutores de colportagem têm solenes responsabilidades a levar. Os que compreendem corretamente sua posição, dirigirão e instruirão os que estão sob seu cuidado com o senso de sua responsabilidade pessoal, e inspirarão outros à fidelidade na causa. Demorar-se-ão em orar e compreenderão que suas palavras e ações estão produzindo impressões que não se apagarão facilmente, mas durarão como a eternidade. Perceberão que nenhum outro pode vir após eles para corrigir seus erros, ou suprir suas deficiências. Quão importante é, então, que o assunto, a maneira, o espírito do instrutor sejam segundo a ordem de Deus. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. ME 60 2 Educado e preparado -- Os presidentes de nossas associações e outros que estão em posições de responsabilidade, têm um dever a cumprir neste assunto, para que os diferentes ramos de nossa obra possam receber igual atenção. Os colportores devem ser instruídos e preparados para fazer o trabalho requerido em vender os livros sobre a verdade presente, dos quais necessita o povo. São precisos homens de profunda experiência cristã, homens de espírito bem equilibrado, homens fortes e bem educados, para empenhar-se nesta obra. O Senhor deseja que lancem mão da colportagem os que são capazes de instruir outros, os que podem despertar em moços e moças promissores um interesse por este ramo, levando-os a empreender a obra da colportagem e realizá-la com êxito. Alguns têm o talento, a educação e a experiência que os habilitaria a instruir os jovens para a colportagem de tal modo, que muito mais do que se está fazendo agora poderia ser feito. ME 61 1 O experiente com o inexperiente -- Os que tiveram experiência neste trabalho têm o especial dever de ensinar outros. Ensinem moços e moças a venderem os livros que o Senhor, por intermédio de Seu Espírito Santo, inspirou Seus servos a escrever. Deus deseja que sejamos fiéis em ensinar aos que aceitam a verdade, para que possam crer com um propósito em vista e trabalhar inteligentemente segundo indica o Senhor. Que os inexperientes se unam aos obreiros experientes, a fim de que aprendam como trabalhar. Que busquem a Deus com mais fervor. Estes farão um bom trabalho na colportagem, se obedecerem às palavras: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina." 1 Timóteo 4:16. Os que dão evidência de que estão verdadeiramente convertidos e que se empenham na colportagem, verão que ela é o melhor preparo para outros ramos de trabalho missionário. ME 61 2 Se os que conhecem a verdade a praticassem, seriam inventados métodos para dirigir-se ao povo onde ele se acha. Foi a providência de Deus que, no princípio da igreja cristã, espalhou os santos, enviando-os para fora de Jerusalém a muitas partes do mundo. Os discípulos de Cristo não permaneceram em Jerusalém ou nas cidades próximas, mas foram para além dos limites de seu próprio país, às grandes vias de comunicação, buscando os perdidos para levá-los a Deus. Hoje o Senhor deseja ver Sua obra levada a muitos lugares. Não devemos limitar nosso trabalho a umas poucas localidades. -- Testemunhos Seletos 2:545-546. ME 62 1 Dois em dois -- Os colportores devem ser enviados de dois em dois. Obreiros inexperientes devem ser mandados com os de mais experiência para que lhes possam prestar auxílio. Podem conversar um com o outro e juntos estudar a Palavra da vida, orando juntos e um pelo outro. Assim, tanto o cristão mais novo como o mais experiente receberá a bênção de Deus. -- Manual for Canvassers, 21. ME 62 2 No serviço de Deus -- Os colportores devem ser impressionados com o fato de que a colportagem é exatamente a obra que o Senhor deseja que eles façam. Devem lembrar-se de que estão no serviço de Deus. ME 62 3 Penoso esforço é requerido; instruções devem ser dadas; um senso da importância da obra deve ser mantido perante os obreiros. Todos precisam acariciar o espírito de abnegação e sacrifício pessoal que foi exemplificado na vida de nosso Redentor. ME 62 4 O capítulo seis de Isaías -- Leiam os colportores o capítulo seis de Isaías e levem suas lições ao coração: ME 62 5 "Então, disse eu: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:5-8. ME 63 1 Esta declaração será repetida muitas vezes. O Senhor deseja que muitos tomem parte nesta grande obra, os que são consagrados, cujo coração é humilde e que estão dispostos a empenhar-se em qualquer ramo que exija seu serviço. -- Manual for Canvassers, 22-24. ME 63 2 Melhorando constantemente -- O seguidor de Cristo deve aperfeiçoar-se constantemente em maneiras, hábitos, espírito e trabalho. Isso se opera conservando o olhar, não somente nas realizações exteriores e superficiais, mas em Jesus. Opera-se uma transformação na mente, no espírito e no caráter. O cristão é educado na escola de Cristo, para nutrir as graças de Seu Espírito em toda a mansidão e humildade. Está-se habilitando para a sociedade dos anjos celestiais. -- Obreiros Evangélicos; p. 283. ME 63 3 Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de adquirir preparo para Sua obra. Espera que coloquemos nela todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à sua santidade e tremendas responsabilidades. -- A Ciência do Bom Viver, 498. ------------------------Capítulo 9 -- Exemplo nos hábitos, porte e vestuário ME 64 1 Necessidade de energia e entusiasmo -- Entre o povo que professa a verdade presente não existe um espírito missionário correspondente à nossa fé. Falta a têmpera do verdadeiro ouro no caráter. A vida cristã é mais do que eles pensam ser. Ela não consiste em mera gentileza, paciência, mansidão e bondade. Estas graças são essenciais, mas há necessidade de coragem, força, energia e perseverança também. Muitos dos que trabalham na colportagem são fracos, apáticos, abatidos, desanimam-se facilmente. Falta-lhes iniciativa. Não têm esses positivos traços de caráter que dão aos homens o poder de fazer alguma coisa -- o espírito e a energia que acendem o entusiasmo. O colportor está empenhado num negócio honrado e não deve agir como se tivesse vergonha dele. Se deseja que o êxito acompanhe seus esforços, precisa ser animado e esperançoso. ME 64 2 Cultivar virtudes ativas -- Precisam ser cultivadas as virtudes ativas, do mesmo modo que as passivas. O cristão, ao mesmo tempo que está sempre pronto para dar uma resposta branda para desviar a ira, precisa possuir a coragem de um herói para resistir ao mal. Com a caridade que tudo suporta, precisa ter a força de caráter que fará de sua influência um poder positivo para o bem. A fé precisa ser forjada em seu caráter. Seus princípios precisam ser firmes; ele precisa ser de nobre espírito, acima de toda suspeita de indignidade. O colportor não deve ser cheio de si. Ao associar-se com os homens, não deve fazer-se notável, falando de si mesmo, orgulhosamente, porque por este procedimento haveria de desgostar pessoas inteligentes e sensatas. Não deve ser egoísta em seus hábitos, nem arrogante e imperioso em suas maneiras. ME 65 1 Empregar o tato -- Muitos estão convencidos de que não têm tempo para ler um dentre dezenas de milhares dos livros que são publicados e postos à venda. E em muitos casos, quando o colportor torna conhecido seu trabalho, a porta do coração fecha-se firmemente; daí a grande necessidade de fazer seu trabalho com tato e num espírito de humildade e oração. Ele deve estar familiarizado com a Palavra de Deus e ter palavras a sua disposição para expor a preciosa verdade e mostrar o grande valor da leitura pura da qual é portador. -- Testemunhos para a Igreja 5:404-405. ME 65 2 Honestidade e integridade -- O obreiro que tem a causa de Deus no coração não insistirá em receber os maiores salários. Ele não alegará, como alguns de nossos jovens têm feito, que não conseguirá compradores, a menos que possa ostentar uma aparência elegante, de acordo com a moda, e se hospede nos melhores hotéis. O que o colportor precisa não é o traje irrepreensível, ou a aparência do almofadinha ou do excêntrico, mas aquela honestidade e integridade de caráter que se reflete no semblante. A bondade e a gentileza deixam sua impressão na face, e o olhar experimentado não vê nenhum engano, não percebe nenhuma maneira pomposa. ME 66 1 Grande número tem entrado no campo como colportores, para quem os prêmios são o único meio de êxito. Não têm verdadeiro mérito como obreiros. Não têm nenhuma experiência na religião prática; têm as mesmas faltas, os mesmos gostos e condescendências que os caracterizavam antes de se dizerem cristãos. Deles, pode-se dizer que Deus não está em seus pensamentos; Ele não habita em seu coração. Há em seu caráter e comportamento uma pequenez, mundanidade e baixeza, que testificam contra eles, de que estão andando no caminho de seu próprio coração e segundo seus próprios pontos de vista. Não querem praticar a renúncia, mas estão resolvidos a desfrutar a vida. O tesouro celestial não lhes apresenta atrações; todos os seus gostos são voltados para baixo, não para cima. Os amigos e parentes não podem elevar tais pessoas, porque elas não têm disposição para desprezar o mal e escolher o bem. -- Testemunhos para a Igreja 5:402. ME 66 2 Puro, bondoso, temperante -- Os colportores necessitam de cultura própria e maneiras polidas -- não as maneiras afetadas e artificiais do mundo, mas as maneiras agradáveis que são o resultado natural da bondade de coração e do desejo de copiar o exemplo de Cristo. Eles devem cultivar hábitos de reflexão e cuidado -- hábitos industriosos e discretos -- e buscar honrar a Deus tornando-se tudo o que lhes for possível. Jesus fez um infinito sacrifício para colocá-los no devido relacionamento com Deus e seus semelhantes, e o auxílio divino combinado com o esforço humano haverá de habilitá-los a alcançar uma elevada norma de excelência. O colportor deve ser puro como José, manso como Moisés e temperante como Daniel; então um poder o acompanhará aonde quer que vá. -- Testemunhos para a Igreja 5:396. ME 67 1 Vestuário e maneiras agradáveis -- Temos agora grandes oportunidades para espalhar a verdade; mas nosso povo não está à altura dos privilégios que lhe são concedidos. Nem todas as igrejas vêem e sentem a necessidade de usar suas habilidades para salvar almas. Não reconhecem seu dever de angariar assinantes para nossos periódicos, inclusive a nossa revista de saúde, e de apresentar ao público nossos livros e folhetos. ME 67 2 Devem estar na obra homens que estejam dispostos a ser ensinados quanto à melhor maneira de se aproximarem de indivíduos e famílias. Seu vestuário deve ser correto, mas não ostentoso, e as maneiras, de modo a não desagradarem ao povo. Existe entre nós, como um povo, grande necessidade da verdadeira polidez. Ela deve ser cultivada por todos os que lançam mão da obra missionária. -- Serviço Cristão, 151-227. ME 68 1 O vestir-se com desleixo leva o descrédito contra a verdade que professamos crer. Vocês devem ter em conta que são representantes do Senhor Jesus Cristo. Esteja, pois, toda a vida em harmonia com a verdade bíblica. ... Isto não é assunto de pouca importância, pois ele afeta sua influência sobre outros agora e para a eternidade. Vocês não podem esperar que o Senhor lhes dê pleno sucesso na salvação de almas para Ele, a menos que toda a sua aparência e maneiras sejam de tal natureza que imponham respeito. A verdade é engrandecida mesmo pela impressão de asseio no vestuário. -- Carta 336, 1908. ME 68 2 Pessoas de maneiras grosseiras não são adequadas a esta obra. Homens e mulheres que possuem tato, boa apresentação, fina percepção, mente perspicaz e que reconhecem o valor das almas, são os que podem ser bem-sucedidos. -- Manual for Canvassers, 18. ME 68 3 Prestatividade e cortesia cristãs -- O colportor deve fazer todo o esforço possível para deixar a luz da verdade resplandecer em boas obras. No desempenho de seu ministério deve espargir em torno de si a fragrância da cortesia cristã, aproveitando toda oportunidade para praticar atos de prestimoso serviço. Deve educar-se para que possa falar distinta e impressivamente. Deve aprender diariamente na escola do grande Mestre. Cristo ajudará seguramente a todos os que nEle se ocultam, nEle confiando para fortalecimento. -- The Review and Herald, 16 de Junho de 1903. ME 69 1 Cuidado na conduta -- Os nossos pastores e todos os que professam crer na verdade, devem tomar decidida posição em referência ao baixo nível que alguns parecem inclinados a manter em relação a suas palavras e comportamento. Esses, em muitos casos, absolutamente não correspondem às sagradas verdades que professamos. Muitos que se sentem capazes de se tornarem colportores, não são convertidos. Jamais conheceram a transformadora graça de Cristo. Não são puros. Estão vivendo diariamente uma vida descuidosa de pecado. Suas práticas obrigam os anjos a esconderem a face. Precisamos alcançar mais alto padrão, ou seremos uma desonra à causa de Deus e uma pedra de tropeço para os pecadores. -- Carta 26d, 1887. ME 69 2 Exemplo na reforma de saúde -- Em sua associação com incrédulos, não se permitam desviar-se dos retos princípios. Se vocês se sentam à mesa deles, comam com temperança e só alimento que não confunda a mente. Guardem-se da intemperança. Vocês não podem enfraquecer as faculdades mentais ou físicas, sem tornar-se incapazes para discernir as coisas espirituais. Conservem a mente numa condição tal que Deus possa impressioná-la com as preciosas verdades de Sua Palavra. ME 70 1 Assim vocês terão influência sobre outros. Muitos procuram corrigir a vida de outros atacando aquilo que consideram como hábitos errôneos. Vão ter com aqueles a quem julgam estar em erro e apontam defeitos, mas não fazem fervoroso, prudente esforço a fim de dirigir-lhes a mente para os verdadeiros princípios. Tal procedimento muitas vezes deixa de alcançar os resultados desejados. Procurando corrigir os outros, nós também muitas vezes despertamos sua resistência, e assim causamos mais dano do que bem. Não observem os outros para lhes apontar faltas ou erros. Ensinem pelo exemplo. Que sua renúncia e vitória sobre o apetite seja uma ilustração de obediência aos retos princípios. Que sua vida dê testemunho da santificadora, enobrecedora influência da verdade. -- Testemunhos Seletos 2:551-552. ME 70 2 As graças do Espírito -- Deus, em Seu grande amor, procura desenvolver em nós as preciosas graças do Seu Espírito. Permite que enfrentemos obstáculos, perseguições e dificuldades, não como uma maldição, mas como a maior bênção de nossa vida. Toda tentação resistida, toda provação valorosamente suportada, traz-nos uma nova experiência, levando-nos avante na obra de edificação do caráter. A pessoa que, mediante o poder divino, resiste à tentação, revela ao mundo e ao universo celeste a eficácia da graça de Cristo. -- O Maior Discurso de Cristo, 117. ME 71 1 Atmosfera pessoal -- Toda pessoa está circundada duma atmosfera própria, que pode estar carregada do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança, e perfumada com a fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com as nuvens do descontentamento e egoísmo, ou intoxicada com o contato mortal de um pecado acariciado. Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem nos comunicamos é consciente ou inconscientemente afetada. -- Parábolas de Jesus, 339. ME 71 2 Caráter é poder -- O caráter é um poder. O testemunho silencioso de uma vida sincera, desinteressada e piedosa, exerce influência quase irresistível. Manifestando em nossa vida o caráter de Cristo, com Ele cooperamos na obra de salvar almas. Somente revelando em nossa vida o Seu caráter é que podemos com Ele colaborar. E quanto mais vasta a esfera de nossa influência, tanto maior bem podemos fazer. -- Parábolas de Jesus, 340. ME 71 3 Fiel como a bússola ao pólo -- Possa o Senhor ajudar cada um a desenvolver ao máximo os talentos confiados a seu cuidado. Os que trabalham nesta causa não estudam a Bíblia como deveriam. Se o fizessem, seus ensinos práticos teriam uma influência positiva sobre sua vida. Qualquer que seja seu trabalho, caros irmãos e irmãs, façam-no como para o Mestre e o melhor que puderem. Não passem por alto as áureas oportunidades presentes, deixando que sua vida se demonstre um fracasso, enquanto ficam sentados preguiçosamente, sonhando com comodidade e êxito num trabalho para o qual Deus nunca os adaptou. Façam o trabalho que está mais próximo. Façam-no, ainda que em meio a perigos e aflições no campo missionário; mas não se queixem, eu lhes peço, das dificuldades e sacrifícios. Olhem para os valdenses. Vejam que planos delinearam para que a luz do evangelho pudesse brilhar em mentes entenebrecidas. Não devemos trabalhar com a esperança de receber a recompensa nesta vida, mas com os olhos firmemente fitos no prêmio que será dado ao fim da carreira. Agora são precisos homens e mulheres que sejam tão fiéis ao dever como a bússola ao pólo -- homens e mulheres que trabalhem sem ter o caminho aplanado e removido todo o obstáculo. ME 72 1 Viver de acordo com a fé -- Tenho descrito o que os colportores devem ser; e que o Senhor lhes abra a mente para compreenderem este assunto em sua extensão e largura, e eles reconheçam o dever de representar o caráter de Cristo por meio de sua paciência, ânimo e firme integridade. Lembrem-se eles de que O podem negar por um caráter fraco, relaxado e indeciso. Jovens, se vocês levarem estes princípios consigo ao campo da colportagem, serão respeitados e muitos crerão a verdade que vocês advogam, porque vivem sua fé -- porque sua vida diária é como uma resplendente luz colocada sobre um velador, a qual ilumina a todos os que estão na casa. Mesmo os inimigos, conquanto façam guerra contra suas doutrinas, os respeitarão; e quando vocês tiverem ganho isto, suas simples palavras terão poder e levarão a convicção a corações. -- Testemunhos para a Igreja 5:406-407. ------------------------Capítulo 10 -- Voz e dicção agradáveis ME 74 1 O dom da palavra -- De todos os dons que Deus confiou aos homens, nenhum é mais precioso do que o dom da palavra. Santificado pelo Espírito Santo, é um poder para o bem. É com a língua que convencemos e persuadimos; com ela oferecemos orações e louvores a Deus; e com ela transmitimos ricos pensamentos do amor do Redentor. Mediante o uso correto do dom da palavra, o colportor pode semear as preciosas sementes da verdade em muitos corações. -- Testemunhos Seletos 2:552. ME 74 2 Deve-se dar mais atenção ao cultivo da voz. Podemos ter conhecimentos, mas a menos que saibamos como usar a voz corretamente, nossa obra será um fracasso. Se não soubermos revestir nossas idéias com a linguagem apropriada, de que valerá nossa educação? O saber de pouco proveito nos será, a menos que cultivemos o talento da palavra; ele será, entretanto, maravilhoso poder, quando unido à capacidade de proferir palavras sábias e edificantes, e proferi-las de maneira a cativar a atenção. -- Obreiros Evangélicos, 86. ME 74 3 Jovens, de ambos os sexos: Pôs Deus em seu coração o desejo de servi-Lo? Então, por todos os meios, cultivem a voz o máximo possível, de modo a tornar clara a preciosa verdade para os outros. -- Obreiros Evangélicos, 89. ME 75 1 Falar clara e distintamente -- Quando vocês falarem, façam com que cada palavra seja pronunciada perfeitamente, com clareza, sendo cada frase distinta, de princípio a fim. Muitos há que, ao se aproximarem do fim da frase, abaixam o tom da voz, falando tão indistintamente, que a força do pensamento fica anulada. As palavras que merecem ser proferidas, devem ser ditas em voz clara e distinta, com acento e expressão. Nunca, no entanto, procurem palavras que dêem a impressão de serem eruditos. Quanto maior for sua simplicidade, mais bem compreendidas serão suas palavras. -- Obreiros Evangélicos, 88-89. ME 75 2 Qualificação indispensável -- O colportor que sabe falar clara e distintamente acerca dos méritos do livro que vende, verá que isto lhe é de grande auxílio para obter a encomenda. Ele pode ter oportunidade de ler um capítulo; e pela música de sua voz e a ênfase posta nas palavras, pode fazer com que a cena apresentada fique diante do espírito do ouvinte tão claramente como se em realidade pudesse ser vista. ME 75 3 A habilidade de falar clara e distintamente, em tons cheios e eufônicos, é de muito valor em qualquer ramo de trabalho, e é indispensável naqueles que desejam tornar-se pastores, evangelistas, obreiros bíblicos ou colportores. Os que estão planejando entrar nesses ramos, devem ser ensinados a usar a voz de tal modo que, quando falam ao povo acerca da verdade, esta cause uma decidida impressão para o bem. A verdade não deve ser prejudicada por causa de uma pronúncia defeituosa. -- Manual for Canvassers, 29-30. ME 76 1 Falar com simplicidade -- Homens e mulheres estão vagueando nas trevas do erro. Desejam saber qual é a verdade. Vocês devem falar-lhes, não em linguagem rebuscada, mas na simplicidade dos filhos de Deus. -- Manual for Canvassers, 51. ME 76 2 Palavras bem escolhidas -- Pelo fato de estarem entre incrédulos, vocês não devem se descuidar de suas palavras, porque eles os estão avaliando. Estudem a instrução dada a Nadabe e Abiú, os filhos de Arão. Eles "trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara". Levítico 10:1. Tomando fogo comum, colocaram sobre seus incensários. "Então, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor. E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim e serei glorificado diante de todo o povo." Levítico 10:2, 3. Os colportores devem lembrar-se de que estão trabalhando com o Senhor para salvar almas e de que não devem trazer a Seu sagrado serviço nada de vulgar. Que a mente esteja repleta de pensamentos puros e santos e que as palavras sejam bem escolhidas. Não impeçam o êxito de seu trabalho, pronunciando palavras levianas e descuidadas. -- Manual for Canvassers, 30. ME 77 1 Palavras cativantes, cortesia -- Os que trabalham para Cristo devem ser retos e fidedignos, firmes aos princípios como uma rocha, e ao mesmo tempo, bondosos e corteses. A cortesia é uma das graças do Espírito. Lidar com o espírito humano é a maior obra já confiada ao homem, e quem deseja encontrar acesso aos corações precisa ouvir a recomendação: "Sede... misericordiosos e afáveis." 1 Pedro 3:8. O amor fará aquilo que o argumento deixar de realizar. Mas a impaciência de um momento, uma só resposta áspera, a falta de polidez cristã em um assunto de menor importância, pode dar em resultado a perda de amigos, bem como de influência. ME 77 2 O que Cristo era na Terra, o obreiro cristão deve se esforçar por ser. Ele é nosso exemplo, não somente em Sua imaculada pureza, como na paciência, delicadeza e disposição cativante. Sua vida é uma ilustração da verdadeira cortesia. Tinha sempre um olhar bondoso e uma palavra de conforto para o necessitado e o oprimido. Sua presença criava em casa uma atmosfera mais pura, e Sua vida era como um fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado, andava entre os excluídos, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. ... ME 78 1 A religião de Cristo abranda tudo quanto há de duro e rude num temperamento, e suaviza tudo que é áspero e escabroso nas maneiras. Torna as palavras brandas, e atraente a conduta. Aprendamos de Cristo a maneira de harmonizar o elevado sentimento de pureza e integridade com a disposição feliz. O cristão bondoso, cortês, é o mais poderoso argumento que se pode apresentar em favor do cristianismo. ME 78 2 As palavras bondosas são como o orvalho e uma chuva suave para a alma. Diz a Escritura a respeito de Cristo, que nos Seus lábios se derramou a graça, para que soubesse "dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado". Isaías 50:4. E o Senhor nos pede: "A vossa palavra seja sempre agradável" (Colossences 4:6), "para que dê graça aos que a ouvem." Efésios 4:29. ME 78 3 Alguns daqueles com quem vocês entram em contato, podem ser rudes e descorteses; mas nem por isso, vocês devem mostrar menos cortesia. Aquele que deseja manter o respeito próprio, deve ter cautela para não ferir desnecessariamente o dos outros. Essa regra deve ser sagradamente observada para com o mais rude, o mais leviano. -- Obreiros Evangélicos, 121-122. ME 79 1 A voz do Salvador -- A voz do Salvador era qual música aos ouvidos dos que se achavam habituados à pregação monótona e sem vida dos escribas e fariseus. Ele falava devagar e de modo impressivo, acentuando as palavras a que desejava que os ouvintes dessem especial atenção. ... De grande valor é o poder da linguagem, e a voz deve ser cultivada para benefício daqueles com quem nos pomos em contato. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 240. ME 79 2 Suas palavras atraíam os corações -- Devemos falar de Cristo aos que não O conhecem. Devemos fazer o que Cristo fez. Onde quer que estivesse, na sinagoga, à beira do caminho, no barco um pouco afastado da margem, no banquete do fariseu ou à mesa do publicano, falava aos homens das coisas pertinentes à vida mais elevada. As coisas da natureza, os acontecimentos da vida diária, eram por Ele relacionados com as palavras da verdade. O coração dos ouvintes era atraído para Ele, porque lhes curara as enfermidades, confortara os aflitos, e tomara nos braços seus filhinhos e os abençoara. Quando abria os lábios para falar, a atenção deles se voltava para Ele, e toda palavra era para alguém um cheiro de vida para vida. ME 79 3 Assim deve ser conosco. Onde quer que estejamos, devemos estar atentos às oportunidades de falar do Salvador a outros. Se seguirmos o exemplo de Cristo em fazer o bem, os corações estarão abertos a nós como estiveram a Ele. Não precipitadamente, mas com o tato oriundo do amor divino poderemos falar-lhes dAquele que é "o mais distinguido entre dez mil", e é "totalmente desejável". Cantares 5:10-16. Essa é a mais elevada obra em que podemos empregar o talento da linguagem. Foi-nos dado para que pudéssemos apresentar a Cristo como Salvador que perdoa os pecados. -- Parábolas de Jesus, 338-339. ------------------------Capítulo 11 -- Diligência no serviço ME 81 1 Energia e boa vontade -- O sucesso não depende tanto de talento, quanto de energia e boa vontade. Não é a posse de esplêndidos talentos que nos capacita a prestar serviço aceitável, mas a conscienciosa realização dos deveres diários, o espírito contente, o interesse sincero e sem afetação no bem-estar de outros. Na mais humilde pessoa pode ser encontrada verdadeira excelência. As tarefas mais comuns, executadas com amorável fidelidade, são belas à vista de Deus. -- Profetas e Reis, 219. ME 81 2 Não há lugar para a indolência -- Ninguém pense que tem o direito de cruzar os braços e não fazer nada. Que alguém possa ser salvo estando na indolência e inatividade, é uma completa impossibilidade. Pensem no que Cristo fez durante Seu ministério terrestre. Quão fervorosos, quão incansáveis foram Seus esforços! Não permitia que coisa alguma O desviasse do trabalho que Lhe fora dado. Estamos nós seguindo Suas pisadas? Ele abandonou tudo, para executar o plano de misericórdia de Deus pela humanidade caída. No cumprimento do propósito do Céu, Ele foi obediente até à morte, e morte de cruz. Não tinha tido comunhão com o pecado, dele nada conhecera; mas veio a este mundo e tomou sobre Sua inocente alma a culpa do homem pecaminoso, para que os pecadores pudessem estar justificados diante de Deus. Ele lutou com a tentação, vencendo-a em nosso favor. O Filho de Deus, puro e imaculado, levou a penalidade da transgressão e recebeu o golpe de morte que trouxe livramento ao gênero humano. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. ME 82 1 Dedicação ao trabalho -- Os servos de Deus não devem ser "remissos" no zelo, mas "fervorosos de espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Indiferença e ineficiência não são piedade. Quando compreendermos que estamos trabalhando para Deus, teremos um mais elevado senso do que nunca, da santidade do serviço espiritual. Esta compreensão porá vida, vigilância e perseverante energia no desempenho de cada dever. A religião pura, a imaculada religião, é intensamente prática. Nada, exceto atuação fervorosa, de todo o coração, prevalecerá na salvação de almas. Devemos tornar nossos deveres diários atos de devoção, crescendo constantemente em utilidade, porque vemos nossa obra do ponto de vista eterno. -- Carta 43, 1902. ME 82 2 Regularidade e presteza -- Deus não emprega homens preguiçosos em Sua causa; Ele quer obreiros atenciosos, bondosos, afetivos e diligentes. ... As pessoas que não adquiriram hábitos de estrita operosidade e economia de tempo, devem ter regras estabelecidas para as estimular à regularidade e presteza. -- Obreiros Evangélicos, 277. ME 83 1 Levantar cedo e trabalhar muito -- A obra do colportor é enobrecedora e se demonstrará um sucesso se ele for fiel, fervoroso e paciente, continuando firmemente o trabalho que empreendeu. Seu coração precisa estar na obra. Deve levantar-se cedo e trabalhar diligentemente, pondo em uso apropriado as faculdades que Deus lhe deu. As dificuldades devem ser enfrentadas. Se elas forem encaradas com incessante perseverança, serão vencidas. O obreiro pode continuamente estar formando um caráter simétrico. Grandes caracteres são formados por pequenos atos e esforços. -- Manual for Canvassers, 21-22. ME 83 2 Fidelidade ao dever -- Os que entraram no campo da colportagem estão em perigo de não sentirem necessidade de ser exigentes em seu trabalho. Estão no perigo de se contentarem com conquistas superficiais, de serem descuidados nas maneiras e mentalmente preguiçosos. Deve haver fiel desempenho do dever no campo da colportagem, pois ela é importante e sagrada. -- The Review and Herald, 20 de Maio de 1890. ME 83 3 Exatidão e diligência -- Lembrem-se de que em qualquer cargo em que servirem, vocês estão revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for o seu trabalho, façam-no com exatidão, com diligência; vençam a inclinação de procurar uma ocupação fácil. -- A Ciência do Bom Viver, 499. ME 84 1 Quando trabalhamos diligentemente para a salvação de nossos semelhantes, Deus dará êxito aos nossos esforços. -- Testemunhos Seletos 3:324. ME 84 2 Quando o colportor dá início ao seu trabalho, não deve permitir-se ser distraído, mas deve inteligentemente conservar seu alvo com toda a diligência. E todavia, enquanto está colportando, não deve descuidar as oportunidades de auxiliar as almas que estão buscando luz e que precisam do consolo das Escrituras. Se o colportor anda com Deus, se ora pedindo sabedoria celestial para que possa fazer o bem e unicamente o bem em seu trabalho, será pronto em discernir suas oportunidades e as necessidades das almas com quem entra em contato. Fará o máximo de cada oportunidade para atrair almas a Cristo. No espírito de Cristo, ele estará pronto a falar uma palavra ao que está cansado. -- Testemunhos Seletos 2:554. ME 84 3 Relatar experiências animadoras -- Que aqueles que obtêm experiência trabalhando para o Senhor, escrevam um relato dela para nossas revistas, a fim de que outros possam ser animados. Que o colportor fale da alegria e bênção que recebeu em seu ministério como evangelista. Esses relatos devem aparecer em nossas revistas, porque são de vasto alcance em sua influência. Serão como uma doce fragrância na igreja, um cheiro de vida para vida. Assim se vê que Deus trabalha com aqueles que cooperam com Ele. -- Testemunhos Seletos 2:551. ------------------------Capítulo 12 -- Homem de oração ME 85 1 Orar por uma experiência mais profunda -- Aos nossos colportores, a todos aqueles a quem Deus confiou talentos para cooperar com Ele, direi: Orem, orem por uma experiência mais profunda! Saiam com o coração suavizado e subjugado pelo estudo das preciosas verdades que Deus nos deu para este tempo. Bebam a largos goles da água da salvação, para que se torne em seu coração uma fonte viva, jorrando para refrigerar as almas prestes a perecer. Então Deus lhes dará sabedoria que os habilite a comunicá-la devidamente. Ele os fará condutos para comunicar Suas bênçãos e os auxiliará a revelar Seus atributos, transmitindo aos outros a sabedoria e o conhecimento que lhes transmitiu. ME 85 2 Oro ao Senhor para que vocês possam compreender este assunto em sua extensão, largura e profundidade e para que sintam sua responsabilidade de representar o caráter de Cristo pela paciência, ânimo e firme integridade. "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus." Filipenses 4:7. -- Testemunhos Seletos 2:539. ME 86 1 Orar humilde e fervorosamente -- A humilde e fervente oração faz mais em favor da circulação de nossos livros do que todos os custosos embelezamentos que há no mundo. Se os obreiros voltarem sua atenção para o que é verdadeiro, vivo e real; se orarem pelo Espírito Santo, crerem nEle e nEle confiarem, Seu poder será derramado sobre eles em fortes e celestiais correntes, e serão causadas impressões corretas e duradouras sobre o coração humano. Portanto orem e trabalhem, e trabalhem e orem, e o Senhor operará em vocês. -- Testemunhos Seletos 2:538. ME 86 2 Poder na oração insistente -- Jacó prevaleceu porque foi perseverante e resoluto. Sua experiência testifica do poder da oração insistente. É agora que devemos aprender esta lição da oração que prevalece, da fé que não cede. As maiores vitórias da igreja de Cristo, ou do cristão em particular, não são as que são ganhas pelo talento ou educação, pela riqueza ou favor dos homens. São as vitórias ganhas na sala de audiência de Deus, quando uma fé cheia de ardor e agonia lança mão do braço forte da oração. ME 86 3 Aqueles que não estiverem dispostos a abandonar todo o pecado e buscar fervorosamente a bênção de Deus, não a obterão. Mas todos os que lançarem mão das promessas de Deus, como fez Jacó, e forem tão fervorosos e perseverantes como ele o foi, serão bem-sucedidos como ele. -- Patriarcas e Profetas, 203. ME 87 1 Oração e estudo da Bíblia, essenciais -- Satanás bem sabe que todos quantos ele puder levar a negligenciar a oração e o exame das Escrituras, serão vencidos por seus ataques. Portanto, inventa todo artifício possível para ocupar a mente. -- O Grande Conflito, 519. ME 87 2 Os que põem toda a armadura de Deus e devotam algum tempo cada dia à meditação, oração e estudo das Escrituras, estarão em ligação com o Céu e terão uma influência salvadora, transformadora sobre os que os cercam. -- Testemunhos para a Igreja 5:112. ME 87 3 Orar com o povo -- Há muitos que, por causa do preconceito, jamais conhecerão a verdade, a não ser que lhes seja levada a seu lar. O colportor pode achar estas almas e ajudá-las. Existe, no trabalho de casa em casa, um ramo de serviço que ele pode desempenhar com mais êxito do que outros. Pode familiarizar-se com o povo e compreender suas verdadeiras necessidades; pode orar com eles e apontar-lhes o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Assim o caminho será aberto para que a especial mensagem para este tempo tenha acesso a seu coração. -- Testemunhos Seletos 2:533. ME 87 4 Com oração e cânticos -- O trabalho do colportor-evangelista, cujo coração está imbuído do Espírito Santo, está repleto de possibilidades para o bem. A apresentação da verdade em amor e simpatia, de casa em casa, está em harmonia com as instruções de Cristo aos discípulos, ao enviá-los em sua primeira viagem missionária. Mediante cânticos de louvor a Deus, orações humildes e sinceras, muitos serão alcançados. O divino Obreiro estará presente para comunicar convicção aos corações. "Estou convosco todos os dias" (Mateus 28:20), é Sua promessa. Com a garantia da constante presença de tal Ajudador, podemos trabalhar com fé, esperança e bom ânimo. -- Serviço Cristão, 114. ------------------------Capítulo 13 -- Pontos de venda ME 89 1 Apresentando nossos livros -- As editoras em geral introduzem regularmente no mercado livros que não são essenciais para a vida. "Os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz." Lucas 16:8. Quase diariamente surgem grandes oportunidades onde os silenciosos mensageiros da verdade poderiam ser introduzidos entre famílias e indivíduos; mas nenhum proveito é tirado dessas situações pelos indolentes e irrefletidos. Os pregadores vivos são poucos. Há só um onde deveria haver uma centena. Muitos estão cometendo um grande erro em não pôr seus talentos em uso, procurando salvar seus semelhantes. ME 90 1 Centenas de homens deveriam estar empenhados em levar a luz a todas as nossas cidades, vilas e povoados. O espírito do povo precisa ser despertado. Deus diz: Seja a luz levada a todas as partes do campo. Ele deseja que os homens sejam condutos de luz, levando-a aos que estão em trevas. -- Testemunhos para a Igreja 4:389. ME 90 2 Campanhas de colportagem devem ser organizadas para a venda de nossas publicações a fim de que o mundo possa ser iluminado em relação ao que está justamente perante nós. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. ME 90 3 Circulação e procura -- Nossas casas publicadoras devem apresentar notável prosperidade. Nosso povo pode sustentá-las se mostrar um decidido interesse em colocar nossas publicações no mercado. ... Quanto maior a circulação de nossas publicações, tanto maior será a procura de livros que esclarecem as Escrituras da verdade. Muitos estão descontentes com as incoerências, os erros e apostasia das igrejas e suas festas, quermesses, rifas e numerosas invenções para angariar dinheiro. Há muitos que estão buscando luz nas trevas. Se revistas, folhetos e livros, exprimindo a verdade em clara linguagem bíblica, fossem amplamente divulgados, muitos haveriam de reconhecer que esses são exatamente o que desejam. Mas muitos de nossos irmãos agem como se o povo devesse vir a eles ou pedir publicações de nossas editoras, quando milhares não sabem que elas existem. ME 91 1 Exaltar o valor dos livros -- Deus requer que Seu povo trabalhe como pessoas ativas, e não indolentes, preguiçosas e indiferentes. Precisamos levar as publicações ao povo e insistir para que as aceitem, mostrando-lhes que receberão muito mais do que pagam por elas. Exaltem o valor dos livros que vocês oferecem. Isto nunca será demais. -- Testemunhos para a Igreja 4:392. ME 91 2 Tem havido muita negligência do dever da parte de pastores em não levar as igrejas, nas localidades em que trabalham, a se interessarem neste assunto. ... ME 91 3 A imprensa é um poder; mas esse poder é perdido se seus produtos deixam de sair por falta de homens que executem os planos para os fazer circular amplamente. Conquanto tenha havido uma pronta previsão para discernir a necessidade de empregar meios em instalações para multiplicar livros e folhetos, os planos para recuperar os meios empregados, a fim de produzir outras publicações, têm sido negligenciados. O poder da imprensa, com todas as suas vantagens, está em suas mãos; e podem usá-lo para o melhor de todos os fins, ou podem estar sonolentos e, por meio da inatividade, perder as vantagens que poderiam ganhar. Mediante cuidadosos cálculos, podem fazer a luz estender-se na venda de livros e brochuras. Podem mandá-los a milhares de famílias que ora se acham nas trevas do erro. -- Testemunhos para a Igreja 4:388-389. ME 92 1 Abrindo portas -- Um dos mais simples, e contudo mais eficientes métodos de trabalhar é o do colportor-evangelista. Mediante conduta cortês e bondosa, tal obreiro pode abrir as portas de muitos lares. Quando é hospedado por estranhos, deve o colportor mostrar-se compenetrado e prestativo. Jamais deve tornar-se um fardo, esperando ser servido pelos que têm o cuidado da casa. Se houver enfermidade no lar onde se hospeda, faça tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar. Às vezes encontrará pessoas que alegarão não ter tempo para dar ouvidos à oferta ou a um estudo bíblico. Poderá obter sua atenção, ajudando-os em seu trabalho. -- Manuscrito 26, 1905. ME 92 2 Ganhando confiança -- Quando hospedados nos lares do povo, participem dos afazeres da família. ... Ajudem o cansado pai nos afazeres diários. Tomem interesse pelas crianças. Sejam atenciosos. Trabalhem com humildade, e o Senhor trabalhará junto. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. ME 92 3 Em todo lugar que visitarem, encontrarão enfermos e sofredores. Ajudem-nos, se possível, mesmo que tenham que se deter por mais tempo por assim proceder. ... Usar de meios simples no tratamento de enfermos é uma lição objetiva. Se as circunstâncias o permitirem, orem pela pessoa enferma. Deus pode levantá-la, e isto será um testemunho para a verdade. Falem às famílias que visitam, sobre o que precisam fazer para se manterem em bom estado. Levem com vocês alguns folhetos que tratem da reforma de saúde, e os deixem com o povo. Assim vocês podem espalhar a semente da verdade. -- Manuscrito 18, 1901. ME 93 1 Tratamentos simples -- Os colportores devem estar habilitados a dar instruções quanto ao tratamento dos doentes. Devem aprender os simples métodos de tratamentos de saúde. Assim podem eles trabalhar como missionários-médicos, auxiliando a alma e o corpo dos sofredores. Esta obra deveria agora estar indo avante em todas as partes do mundo. Assim, multidões seriam abençoadas pelas orações e instruções dos servos de Deus. -- Testemunhos Seletos 2:543. ME 93 2 O valor da vida saudável -- Os colportores não podem esquecer que devem empenhar grandes esforços para realizar obra médico-missionária. As publicações que tratam da reforma de saúde são agora muito necessárias ao mundo. A intemperança está lutando pelo predomínio. A condescendência com o próprio eu está aumentando. Em sua obra, o colportor pode fazer muito para mostrar àqueles a quem visita o valor de uma vida saudável. Em vez de hospedar-se em hotel ele deveria, se possível, arranjar hospedagem com uma família. E, ao assentar-se à mesa com a família, colocar em prática as instruções contidas nas obras de saúde que está vendendo. Se tiver oportunidade, falar do valor da reforma de saúde. Se for cortês nas palavras e nas atitudes, verificará que suas palavras deixam uma impressão para o bem. -- Manuscrito 113, 1901. ME 94 1 Publicações sobre saúde -- Digam ao povo que vocês estão vendendo livros que fornecem instrução muito valiosa sobre enfermidades, como evitar doenças, e que um estudo dessas instruções salva muitos sofredores e poupa muito dinheiro gasto com receitas médicas. Digam-lhes que nesses livros há conselhos além dos que podem obter do médico nas breves consultas que fazem. -- Manuscrito 113, 1901. ME 94 2 "Calçados os pés na preparação do evangelho da paz" (Efésios 6:15), vocês estarão preparados para ir de casa em casa, levando a verdade ao povo. Algumas vezes verificarão ser muito difícil fazer obra desta natureza; mas se forem com fé, o Senhor irá adiante, e Sua luz iluminará o caminho. Ao entrarem nos lares dos vizinhos para lhes vender ou dar nossas publicações, e em humildade lhes ensinar a verdade, vocês serão acompanhados pela luz do Céu. Aprendam a cantar os hinos mais simples. Eles ajudarão no trabalho de casa em casa, e corações serão tocados pela influência do Espírito Santo. ... Podemos desfrutar a companhia dos anjos celestiais. Podemos não discernir suas formas, mas pela fé podemos estar certos de que eles estão conosco. -- The Review and Herald, 11 de Novembro de 1902. ------------------------Capítulo 14 -- O colportor-evangelista e suas finanças ME 95 1 Pagamento imediato -- A obra está em dificuldades porque os princípios do evangelho não são obedecidos por aqueles que professam estar seguindo a Cristo. A maneira negligente com que alguns colportores, tanto idosos como jovens, têm executado seu trabalho, mostra que têm importantes lições a aprender. Muito trabalho feito a esmo tem sido apresentado diante de mim. Alguns se educaram em hábitos deficientes, e trouxeram esta deficiência à obra de Deus. As sociedades de publicações têm sido grandemente envolvidas em dívidas pelo fato de colportores não saldarem seu débito. Colportores têm-se sentido maltratados quando lhes é pedido que paguem prontamente os livros recebidos das casas publicadoras. Contudo, exigir pronto pagamento é o único modo de efetuar negócio. ME 95 2 Absoluta honestidade -- As coisas devem estar arranjadas de modo que os colportores tenham o suficiente para viver sem sacar além do que lhes é devido. Esta porta de tentação precisa ser fechada e trancada. Por honesto que seja o colportor, em seu trabalho surgirão circunstâncias que lhe serão uma dolorosa tentação. ME 96 1 A preguiça e a indolência não são frutos nascidos numa árvore cristã. Ninguém pode praticar a prevaricação ou a desonestidade em lidar com os bens do Senhor e ficar inculpável diante de Deus. Todos os que agem assim, estão negando a Cristo pela ação. Enquanto professam guardar e ensinar a lei de Deus, deixam de manter seus princípios. ME 96 2 Sem gasto supérfluo -- Os bens do Senhor devem ser manejados com fidelidade. O Senhor tem confiado aos homens vida, saúde e as faculdades do raciocínio. Tem-lhes dado força física e mental para ser exercida; e estes dons não deveriam ser fiel e diligentemente empregados para a glória de Seu nome? Têm nossos irmãos considerado que precisam prestar contas de todos os talentos colocados em sua posse? Têm eles negociado sabiamente com os bens de seu Senhor, ou estão gastando negligentemente Sua fazenda e sendo inscritos no Céu como servos infiéis? Muitos estão gastando o dinheiro de seu Senhor em assim chamados prazeres dissolutos; não estão ganhando uma experiência em abnegação, mas gastando o dinheiro em vaidades e deixando de levar a cruz após Jesus. Muitos que são privilegiados com preciosas oportunidades, dadas por Deus, têm desperdiçado a vida e agora se acham em sofrimento e necessidade. ME 97 1 Deus requer que seja feita decidida melhora nos vários ramos da obra. O negócio feito em conexão com a causa de Deus necessita ser caracterizado pela maior precisão e exatidão. Não tem havido firme, decidido esforço para efetuar uma reforma essencial. -- Testemunhos Seletos 2:552-554. ME 97 2 Nada de débito -- Todos precisam praticar a economia. Nenhum obreiro deve dirigir seus negócios de modo a incorrer em dívida. A prática de sacar dinheiro do tesouro antes de o ganhar, é um laço. Assim os recursos são limitados, de modo que os obreiros não podem ser mantidos na obra missionária. Quando alguém, voluntariamente, se envolve em dívidas, está-se embaraçando numa das redes de Satanás que ele arma para as pessoas. -- Manual for Canvassers, 86. ME 97 3 Veracidade, honestidade e fidelidade -- A obra da colportagem não deve ser conduzida de maneira desleixada, frouxa. Os que se empenham em obra que requer controle de dinheiro, devem conservar estrita conta de cada centavo recebido e pago. A educação assim obtida em exatidão os preparará para maior utilidade. ME 97 4 Se o colportor continua a solicitar livros, e não envia relatório de seu trabalho, nada declarando sobre a entrega dos livros e sobre o recebimento e o gasto de dinheiro que ele manuseia, os que têm a responsabilidade da obra devem, de maneira bondosa e amiga, verificar a verdadeira situação. Fornecer livros à vontade a um agente, até que ele esteja irremediavelmente envolvido em dívidas é fazer injustiça tanto ao colportor como aos que o empregam. Tão frouxa e descuidada maneira de agir produz desalento. ME 98 1 O obreiro que sente não ser capaz de alcançar sucesso na obra da colportagem deve ir a quem de direito e declarar que não pode continuar nesse setor de trabalho. ME 98 2 Todo colportor deve ser verdadeiro, honesto, fiel. Quantas pessoas poderiam ser salvas da tentação, e quanta tristeza evitada se todos os nossos obreiros fossem preparados para ser tão fiéis ao princípio como aço. -- Manuscrito 20, 1904. ME 98 3 Maus hábitos financeiros -- Alguns colportores têm conduzido seus negócios de modo tão descuidado e frouxo que estão constantemente desequilibrando os fundos necessários para a continuação da obra. Têm vendido livros dando a impressão de que trabalhavam para a causa; mas em vez de prover meios tão necessários para o progresso da obra, têm tirado muito dinheiro do tesouro. Apropriaram-se dos recursos que vieram a suas mãos, que não lhes pertenciam, para suas próprias expensas, para as despesas com suas famílias, ou para favorecer relações familiares. ME 99 1 Pelo apropriar-se para seu próprio uso daquilo que pertence à causa de Deus, os colportores se envolvem em dificuldades, separam sua alma de Deus e criam um sentimento de incerteza, certa falta de confiança nos que estão trabalhando com eles no campo. Ao mesmo tempo fazem injustiça a seus coobreiros. Homens que estão fazendo o melhor que podem ficam expostos a ser olhados com suspeita, e assim são submetidos a sofrimento por causa da conduta de pessoas indignas. ME 99 2 O resultado é ficar a causa de Deus envolvida em perplexidade e levada a entraves, e pesado fardo é posto sobre os que são indicados para levar pesadas responsabilidades. Se se permitir que continue essa maneira frouxa de fazer negócios, ela não somente esgotará os recursos do tesouro, mas estancará os suprimentos que fluem do povo, pois destruirá sua confiança nos que estão à frente da obra, os quais têm o controle dos fundos, e levará muitos a cessar suas dádivas e ofertas. ME 99 3 A conduta desses obreiros descuidados tem posto sobre homens que estão em posição de liderança um fardo que os fere no coração. Estão perplexos, sem saber como hão de guardar a causa de Deus de toda espécie de roubo, e ainda salvar as almas desses que possuem idéias tão pervertidas quanto ao que seja verdadeira honestidade. ME 99 4 A prática de tomar dinheiro emprestado para libertar-se de alguma premente necessidade e não tomar medidas para cancelar os débitos, embora comum, é desmoralizante. O Senhor deseja que todos os que crêem na verdade se convertam dessas práticas enganosas. Devem eles escolher antes sofrer necessidades do que cometer um ato desonesto. ... Se os que compreendem a verdade não ME 100 1 mudam no caráter em correspondência com a influência santificadora da verdade, serão um cheiro de morte para morte. Darão uma representação errônea da verdade, trarão vergonha sobre ela e desonrarão a Cristo, que é a verdade. ME 100 2 A questão a ser considerada é: Por que meios pode a obra ser impulsionada e os colportores livrados de embaraçarem a causa e lançarem um fardo sobre as casas publicadoras pela maneira descuidada e egoísta de fazer negócios? Esta é uma pergunta de suma importância. -- Manuscrito 168, 1898. ME 100 3 Negócios à parte -- Alguns têm-se colocado a si e suas famílias nas piores circunstâncias por negligência para com a colportagem. Incorreram em débitos e tomaram dinheiro emprestado de pessoas que não são de nossa fé. ME 100 4 Alguns têm misturado expedientes, compras e vendas, com a obra de espalhar nossas publicações e advogar a verdade. Isto faz uma má combinação. Ao trabalharem para obter vantagens para si mesmos, são seduzidos pela perspectiva de comprar mercadorias por menos e vender por mais que seu valor. Por isso o mundo a eles se refere como trapaceiros, homens que procuram alcançar vantagens para si mesmos, sem levar em conta a situação de outros. Eles não guardam os mandamentos de Deus; pois não amam a seu próximo como a si mesmos. -- Manual for Canvassers, 81-82. ME 101 1 O ganho não deve predominar -- Se nossos colportores são dirigidos pelo espírito de lucro financeiro, se fazem circular os livros com os quais podem ganhar o máximo, negligenciando outros de que o povo necessita, eu pergunto: Em que sentido sua obra é missionária? Onde está o espírito missionário, o espírito de sacrifício? O trabalho do colportor inteligente e temente a Deus tem sido representado como igual ao do ministro evangélico. Deve então o colportor sentir-se na liberdade, mais do que o pastor, de agir com motivos egoístas? Deve ele ser infiel aos princípios da obra missionária e vender só os livros que são mais baratos e mais fáceis de serem vendidos, negligenciando pôr diante do povo livros que darão mais luz, porque assim fazendo ganhará mais dinheiro para si mesmo? Como é aqui revelado o espírito missionário? A colportagem não deixa de ser aquilo que deveria ser? Como é que nenhuma voz se levanta para corrigir este estado de coisas? -- Manual for Canvassers, 62-63. ME 101 2 Mas muitos são atraídos da colportagem para vender livros e quadros que não exprimem nossa fé e não proporcionam luz ao comprador. São induzidos a fazer isto porque as perspectivas financeiras são mais lisonjeiras do que as que lhes são oferecidas sendo pastores licenciados. Estas pessoas não estão obtendo nenhum preparo especial para o ministério evangélico. Não estão adquirindo a experiência que haveria de prepará-los para a obra. Não estão aprendendo a sentir a responsabilidade pelas almas e a obter diariamente um conhecimento da mais bem-sucedida maneira de ganhar o povo para a verdade. Estão perdendo tempo e oportunidades. ME 102 1 Freqüentemente esses homens se desviam das convicções do Espírito de Deus e recebem um cunho mundano de caráter, esquecendo quanto devem ao Senhor, que por eles deu a vida. Usam suas faculdades em seus próprios interesses egoístas e recusam trabalhar na vinha do Senhor. -- Manual for Canvassers, 55-56. ------------------------Capítulo 15 -- Cooperando com outros obreiros do evangelho ME 103 1 Combinando imprensa e pregação -- A imprensa é um poderoso instrumento que Deus estabeleceu para ser combinada com as energias do pregador vivo, a fim de levar a verdade perante todas as nações, etnias, línguas e povos. -- Life Sketches, p. 217. ME 103 2 Mensageiros silenciosos -- Fui instruída de que mesmo onde o povo ouve a mensagem do pregador vivo, o colportor deve continuar sua obra em cooperação com o pastor; porque ainda que o ministro apresente fielmente a mensagem, o povo não é capaz de reter toda ela. Por isto, a página impressa é essencial, não somente em despertá-los para o reconhecimento da importância da verdade para este tempo, mas em enraizá-los e firmá-los na verdade e em estabelecê-los contra erros enganosos. As revistas e os livros são o meio de o Senhor conservar a mensagem para este tempo continuamente perante o povo. As publicações farão muito maior obra iluminando e confirmando almas na verdade do que a que pode ser cumprida unicamente pelo ministério da palavra. Os silenciosos mensageiros que são colocados nos lares do povo, pelo trabalho do colportor, fortalecerão o ministério evangélico em todo sentido; porque o Espírito Santo impressionará a mente ao lerem os livros, do mesmo modo que o faz à mente dos que ouvem a pregação da Palavra. O mesmo ministério de anjos que auxilia a obra do pastor acompanha os livros que contêm a verdade. -- Testemunhos Seletos 2:534. ME 104 1 Obra médica e ministerial -- A pregação da Palavra é um meio ordenado pelo Senhor, pelo qual Sua mensagem de advertência deve ser dada ao mundo. Nas Escrituras, o mestre fiel é representado como um pastor do rebanho de Deus. Ele deve ser respeitado e sua obra, apreciada. A genuína obra médica está ligada ao ministério, e a colportagem deve participar tanto da obra médico-missionária como do ministério. Aos que estão empenhados nesta obra, digo: Ao visitarem as pessoas, digam-lhes que vocês são obreiros evangélicos e que amam ao Senhor. -- Testemunhos Seletos 2:542. ME 104 2 O colportor e a obra bíblica -- Tenho recebido cartas, em que me fazem perguntas com respeito aos deveres do colportor. Alguns têm dito que, visitando o povo, têm encontrado oportunidades favoráveis de apresentar a verdade para este tempo e quase têm sido forçados a dar estudos bíblicos. Essas oportunidades não podem ser conscienciosamente desprezadas. Por outro lado, vêm cartas dizendo que nossos colportores estão negligenciando sua obra a fim de dar estudos bíblicos sobre assuntos doutrinários e que os preconceitos suscitados por esses estudos têm dificultado ao colportor entregar seus livros; e alguns pedem conselho com respeito a isto. ME 105 1 Assuntos doutrinários -- Cremos que há verdade em ambas as afirmações -- que os colportores acham oportunidades favoráveis para levar o povo a uma melhor compreensão da Bíblia e que, por causa da maneira como aproveitam essas oportunidades, se levanta o preconceito e a obra é impedida. Quando o colportor entra em seu trabalho, não deve se permitir ser distraído, mas inteligentemente conservar-se em seu posto com toda a diligência. E, todavia, conquanto seja fiel em colportar, não deve negligenciar as oportunidades de ajudar os que estão buscando luz e os que precisam do consolo das Escrituras. Se o colportor anda com Deus, se ora pedindo sabedoria celestial para que possa em seu trabalho fazer o bem, e unicamente o bem, será ligeiro em compreender as necessidades daqueles com quem entra em contato. Aproveitará o máximo de suas oportunidades para atrair almas a Cristo, não se demorando em assuntos doutrinários, mas no amor de Deus, Sua misericórdia e bondade no plano da salvação. No espírito de Cristo, ele estará pronto para falar a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. ME 106 1 A grande necessidade do ser humano é conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. A Bíblia contém muitas lições práticas, as quais o colportor pode, sem dano, apresentar. Se ele pode por esse meio comunicar um conhecimento de religião prática, estará alimentando o povo que necessita exatamente de tal precioso alimento. -- Manual for Canvassers, 45-46. ME 106 2 Dar estudos bíblicos -- Ao visitar as pessoas em seu lar, muitas vezes o colportor terá oportunidade de ler-lhes da Bíblia ou dos livros que ensinam a verdade. Quando ele descobre aqueles que estão buscando a verdade, pode realizar estudos bíblicos com eles. Esses estudos bíblicos são justamente o de que o povo necessita. Deus usará em Seu serviço aqueles que assim mostram um profundo interesse nas almas que perecem. Por meio deles, Ele comunicará luz aos que estão prontos para receber instrução. -- Testemunhos Seletos 2:543. ------------------------Capítulo 16 -- Guiados pelo Espírito de Deus ME 107 1 Sob o controle do Espírito -- A obra da colportagem não deve jamais esmorecer. Os instrumentos postos em operação para realizar essa obra precisam estar sempre sob o controle do Santo Espírito de Deus. -- Carta 82, 1899. ME 107 2 O homem necessita de um poder fora e acima dele, para restaurá-lo à semelhança com Deus e habilitá-lo a fazer Sua obra; isso, porém, não faz com que o instrumento humano deixe de ser essencial. A humanidade apodera-se do poder divino, Cristo habita no coração pela fé; e, por meio da cooperação com o divino, o poder do homem torna-se eficaz para o bem. -- O Desejado de Todas as Nações, 296-297. ME 108 1 Orar pelo Espírito -- Devemos orar pela descida do Espírito Santo com tanto fervor quanto os discípulos oraram no dia do Pentecostes. Se dEle necessitaram naquele tempo, muito mais necessitamos nós agora. Trevas morais como um manto cobrem a Terra. Toda espécie de falsas doutrinas, heresias e enganos satânicos estão desviando a mente das pessoas. Sem o Espírito e o poder de Deus, será em vão trabalharmos para apresentar a verdade. -- Testemunhos para a Igreja 5:158. ME 108 2 Quando sob provas os jovens mostrarem que sentem genuína responsabilidade pela salvação das pessoas e intenso desejo de ajudar o próximo, eles verão conversões. De seu trabalho resultará uma importante colheita para o Senhor. Saiam eles como verdadeiros missionários para levar avante a obra de disseminar os livros que contêm a verdade presente. Ao saírem, elevem suas orações a Deus por maior luz e pela direção de Seu Espírito, para que possam saber como falar de maneira adequada. Quando virem uma oportunidade para praticar um ato de bondade, agarrem-na como se estivessem trabalhando por salário. Lembrem-se eles de que assim procedendo, estão a serviço do Senhor. -- Manuscrito 75, 1900. ME 109 1 Auxílio assegurado -- Deus não requer de nós que realizemos por esforço próprio a obra que temos para desempenhar. Proveu Ele assistência divina para todas as emergências, para as quais nossos recursos humanos são insuficientes. Dá o Espírito Santo para auxiliar em qualquer dificuldade, para fortalecer-nos a esperança e certeza, para nos iluminar a mente e purificar o coração. -- Testemunhos Seletos 3:209. ME 109 2 O humilde e eficiente obreiro que obedientemente responde ao chamado de Deus, pode estar certo de receber auxílio divino. Sentir tão grande e santa responsabilidade é, em si mesmo, coisa que eleva o caráter. Põe em ação as mais elevadas qualidades mentais, e o contínuo exercício das mesmas fortalece e purifica o espírito e o coração. A influência sobre a própria vida, como sobre a vida de outros, é incalculável. -- Testemunhos Seletos 2:555-556. ME 109 3 Sucesso -- Josué recebera a promessa de que Deus certamente subverteria aqueles inimigos de Israel; contudo, aplicou tão decididos esforços como se o êxito dependesse unicamente dos exércitos de Israel. Fez tudo que a energia humana podia fazer, e então pela fé clamou rogando auxílio divino. O segredo do êxito está na união do poder divino com o esforço humano. Aqueles que conseguem os maiores resultados são os que mais implicitamente confiam no Braço todo-poderoso. -- Patriarcas e Profetas, 509. ME 110 1 Poder -- Que os colportores-evangelistas se submetam à operação do Espírito Santo. Que eles, mediante perseverante oração, lancem mão do poder que vem de Deus, confiando nEle com fé viva. Sua grande e eficaz influência estará com todo verdadeiro e fiel obreiro. ME 110 2 Como Deus abençoa o pastor e o evangelista em seus fervorosos esforços para colocar a verdade perante o povo, assim abençoará Ele o colportor fiel. -- Testemunhos Seletos 2:555. ME 110 3 Que jovens e idosos se consagrem a Deus, empreendam a obra e prossigam avante, trabalhando em humildade, sob o domínio do Espírito Santo. -- Testemunhos Seletos 2:547. ME 110 4 É preciso reconhecer em cada momento a necessidade da presença do Espírito Santo; pois Ele pode fazer uma obra que, por si mesmo, ninguém mais pode realizar. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 310. ME 110 5 Palavras -- Os corações não podem deixar de ser tocados pela história da expiação. Quando alguém aprende a mansidão e humildade de Cristo, sabe o que dizer ao povo, porque o Espírito Santo dirá que palavras devem ser faladas. Os que reconhecem a necessidade de conservar o coração sob o domínio do Espírito Santo, serão habilitados a semear semente que germine para a vida eterna. Esta é a obra do colportor-evangelista. -- Testemunhos Seletos 2:544. ME 111 1 Corações -- O Senhor Jesus ao lado do colportor, caminhando com ele, é o Obreiro-chefe. Se reconhecermos Cristo como Aquele que está conosco para preparar o caminho, o Espírito Santo ao nosso lado fará as impressões justo no ponto necessário. -- Manual for Canvassers, 52. ME 111 2 Resultados -- Só podemos iluminar as pessoas mediante o poder de Deus. Os colportores precisam conservar seu espírito em viva comunhão com Deus. Devem trabalhar orando para que Deus abra o caminho e prepare os corações para que recebam a mensagem que Ele lhes envia. Não é a habilidade do agente ou obreiro, mas o Espírito de Deus movendo o coração que resulta no verdadeiro sucesso. -- Manuscrito 31, 1890. ME 111 3 Todo o poder -- Os que estão nas trevas do erro foram comprados pelo sangue de Cristo. São o fruto de Seus sofrimentos, e por eles se deve trabalhar. Saibam nossos colportores que é para a propagação do reino de Cristo que estão trabalhando. Ao saírem a seu trabalho apontado por Deus, Ele os ensinará a advertir o mundo do juízo iminente. Acompanhado pelo poder da persuasão, o poder da oração, o poder do amor de Deus, o trabalho do evangelista não será e nem poderia ser infrutífero. Basta meditar no interesse que o Pai e o Filho têm nesta obra. Como o Pai ama ao Filho, assim o Filho ama aos que são Seus -- os que trabalham como Ele trabalhou para salvar os que estão a perecer. Ninguém precisa pensar que não tem poder, porque Cristo declara: "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra." Mateus 28:18. Ele prometeu que dará esse poder a Seus obreiros. Seu poder tem de tornar-se o poder deles. Eles devem se ligar a Deus. Cristo deseja que todos desfrutem da riqueza de Sua graça, a qual está além de qualquer avaliação. É ilimitada, inesgotável. É nossa por eterno concerto se formos cooperadores de Deus. É nossa, se nos unirmos a Ele para Lhe trazermos muitos filhos e filhas. -- The Review and Herald, 2 de Junho de 1903. ME 112 1 Há necessidade de inteira consagração à obra de Deus. Ele é nossa força, e estará à nossa mão direita, ajudando-nos a levar avante Seus misericordiosos desígnios. -- Serviço Cristão, 258. ME 112 2 Deus aceitará o serviço prestado de todo o coração, e suprirá por Sua parte as deficiências. -- A Ciência do Bom Viver, 150. ------------------------Capítulo 17 -- Acompanhado por anjos ME 113 1 Ministério -- Precisamos conhecer melhor a missão dos anjos. Convém lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais. Exércitos invisíveis, de luz e poder, auxiliam os mansos e humildes que crêem nas promessas de Deus e as invocam. Querubins, serafins e anjos magníficos em poder estão à destra de Deus, sendo "todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". Hebreus 1:14. -- Atos dos Apóstolos, 154. ME 113 2 Milhares -- Ao trabalhar pelas pessoas, temos como companheiros os anjos. Milhares de milhares, e milhões de anjos estão aguardando a oportunidade de cooperar com os membros de nossas igrejas para comunicar a luz que Deus generosamente concedeu, a fim de que seja preparado um povo para a vinda de Cristo. -- Testemunhos Seletos 3:347-348. ME 113 3 Para ajudar -- Nada é, na aparência, mais impotente e, no entanto, realmente mais invencível que a pessoa que sente não ser nada e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Deus enviaria todos os anjos do Céu em auxílio dessa pessoa, de preferência a permitir que seja vencida. -- Mensagens aos Jovens, 94. ME 114 1 Os colportores estão tendo notável sucesso. E por que não teriam? Os anjos celestiais estão trabalhando com eles. Centenas dos que crêem na verdade farão, se conservarem seu coração humilde, uma boa obra na companhia dos anjos celestiais. Deus usará os que humilham o coração perante Ele e se santificam em fé e humildade, seguindo o exemplo do grande Mestre, e falando palavras que iluminarão os que não são de nossa fé. Devemos trabalhar paciente e desinteressadamente, como servos do Senhor, abrindo a Escritura a outros. -- Carta 102, 1910. ME 114 2 As palavras -- Muita responsabilidade repousa sobre o colportor. Ele deve ir para o trabalho preparado para explicar as Escrituras. Se põe no Senhor sua confiança, ao ir de lugar em lugar, anjos de Deus estarão ao seu redor, dando-lhe palavras para falar, as quais levarão luz, esperança e ânimo a muitas pessoas. -- Testemunhos Seletos 2:533. ME 114 3 Abrandar corações -- Deus impressionará os que almejam direção. Ele dirá a Seu agente humano: "Fala a este ou àquele a respeito do amor de Jesus." Tão depressa seja o nome de Jesus mencionado com amor e ternura, anjos de Deus se aproximam para abrandar e subjugar o coração. -- Manual for Canvassers, 47-48. ME 115 1 Instrução -- Cada colportor tem positiva e constante necessidade da assistência dos anjos; porque tem uma importante obra a fazer, uma obra que não pode executar em sua própria força. Os que nasceram de novo e estão dispostos a ser guiados pelo Espírito Santo, fazendo o seu trabalho de acordo com a vontade de Cristo; os que trabalham como se pudessem ver o universo celestial a observá-los, serão acompanhados e instruídos pelos anjos, os quais irão adiante deles à morada das pessoas, preparando-lhes o caminho. Tal auxílio está muito acima de todas as vantagens que se supõe darem os custosos embelezamentos. ME 115 2 Êxito -- Quando os homens reconhecerem o tempo em que estamos vivendo, trabalharão como à vista do Céu. O colportor tomará esses livros que levam luz e força à alma. Absorverá o espírito desses livros e porá toda a alma na obra de apresentá-los ao povo. Sua força, seu ânimo e êxito dependerão de quão plenamente a verdade apresentada nos livros esteja entretecida em sua própria experiência e desenvolvida em seu caráter. Quando sua própria vida estiver assim moldada, ele poderá ir avante, expondo a outros a sagrada verdade que está manejando. Imbuído do Espírito de Deus, ganhará uma profunda e rica experiência, e os anjos celestiais lhe darão êxito no trabalho. -- Testemunhos Seletos 2:538-539. ME 116 1 Jesus e os anjos darão êxito aos esforços de pessoas inteligentes e tementes a Deus, que façam tudo que está em seu poder para salvar. Quietamente, modestamente, com o coração transbordante de amor, procurem os que estão buscando a verdade, empenhando-se em estudos bíblicos, quando possível. Assim fazendo, estarão semeando a semente da verdade ao lado de todas as águas, anunciando as virtudes dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Os que estão fazendo esta obra com motivos corretos, estão efetuando um importante trabalho de auxílio. Não manifestarão um caráter débil e indeciso. Seu espírito está-se alargando, suas maneiras estão-se tornando mais polidas. Não devem colocar limites a sua melhora, mas cada dia tornar-se melhor adaptados para fazer bom trabalho. -- Testemunhos para a Igreja 5:403. ------------------------Capítulo 18 -- Auxílio para cada dificuldade ME 117 1 Mil maneiras -- Nosso Pai celeste tem mil maneiras de nos prover as necessidades, das quais nada sabemos. Os que aceitam como princípio dar lugar supremo ao serviço de Deus verão desvanecidas as perplexidades e terão caminho plano diante de si. -- A Ciência do Bom Viver, 481. ME 117 2 Sem medida -- Devemos ser cristãos sinceros e fervorosos, executando fielmente os deveres postos em nossas mãos olhando sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. Nossa recompensa não depende de nosso aparente sucesso, mas do espírito com que nossa obra é feita. Como colportores ou evangelistas, podemos não ter alcançado o sucesso por aquilo que oramos, mas devemos nos lembrar de que não conhecemos nem temos condições de medir o resultado do esforço fiel. -- Manuscrito 20, 1905. ME 117 3 Não desanimar -- Havendo contínua confiança em Deus, contínua prática da abnegação, os obreiros não submergirão no desânimo. Não se acabrunharão. Lembrar-se-ão de que em todo lugar há pessoas das quais o Senhor necessita e a quem o diabo está procurando, a fim de prendê-las fortemente no cativeiro do pecado, do desrespeito à Lei de Deus. -- Manual for Canvassers, 28. ME 118 1 Vitória -- O colportor não precisa desanimar se é chamado a enfrentar dificuldades em seu trabalho; trabalhe ele com fé, e a vitória será concedida. "Porque não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século." Efésios 6:12. Quando quer que seja apresentado um livro que há de expor o erro, Satanás se posta ao lado daquele a quem é oferecido, e apresenta razões pelas quais não deve ser aceito. Mas um instrumento divino está em ação a fim de influenciar as mentes a favor da luz. Anjos ministradores oporão seu poder ao de Satanás. E quando, através da influência do Espírito Santo, a verdade é recebida na mente e no coração, terá sobre o caráter um poder transformador. -- Manuscrito 31, 1890. ME 118 2 Fé -- Aceitemos a Palavra de Cristo como nossa segurança. Não nos convidou a ir a Ele? Nunca nos permitamos falar de modo desesperançado e desanimado. Perderemos muito, se o fizermos. Olhando as aparências e lamentando quando vêm dificuldades e angústias, damos prova de fé doentia e frágil. Falemos e procedamos como se a nossa fé fosse invencível. O Senhor é rico em recursos; pertence-Lhe todo o mundo. Pela fé olhemos para o Céu. Contemplemos Aquele que tem luz e poder e eficiência. -- Parábolas de Jesus, 146-147. ME 119 1 Promessas -- Aqueles que trabalham para Deus encontrarão o desânimo, mas pertence-lhes sempre a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Deus dará a mais maravilhosa experiência aos que disserem: "Creio em Tua promessa; não fracassarei nem desanimarei." -- Testemunhos Seletos 2:551. ME 119 2 Auxílio -- O precioso Salvador enviará auxílio exatamente quando dele necessitarmos. O caminho para o Céu acha-se consagrado pelas Suas pegadas. Cada espinho que fere nossos pés, feriu os Seus. A cruz que somos chamados a carregar, Ele a levou antes de nós. O Senhor permite que venham os conflitos, a fim de prepararem a alma para a paz. -- O Grande Conflito, 633. ME 119 3 Para livrar -- Nenhum suspiro se desprende, nenhuma dor é sentida, desgosto algum magoa a alma, sem que sua vibração se faça sentir no coração do Pai. ... Deus Se inclina de Seu trono para escutar o clamor do oprimido. A toda sincera súplica, responde: "Eis-Me aqui." Ergue o aflito e o oprimido. Em todas as nossas aflições, é Ele afligido também. Em toda tentação e em toda prova, o anjo de Sua face perto está para livrar. -- O Desejado de Todas as Nações, 356. ME 120 1 Calebe -- Foi a fé que Calebe depositou em Deus que lhe deu coragem; ela o manteve livre do temor do homem, mesmo dos mais poderosos gigantes, os filhos de Enaque, e capacitou-o a permanecer ousada e inflexivelmente na defesa do direito. Da mesma exaltada fonte -- o poderoso General dos exércitos do Céu -- todo verdadeiro soldado da cruz de Cristo deve receber força e coragem para vencer obstáculos que muitas vezes parecem intransponíveis. ... Precisamos agora de Calebes. ... que com corajosas palavras dêem um forte relatório em favor de ação imediata. -- Testemunhos para a Igreja 5:378-383. ME 120 2 Determinação -- Os que estão no serviço de Deus precisam mostrar ânimo e determinação na obra de salvar. Lembrem-se de que há os que hão de perecer, a menos que nós, como instrumentos divinos, trabalhemos com determinação que não falhe nem esmoreça. O trono da graça deve ser o nosso arrimo contínuo. -- Testemunhos Seletos 3:51. ME 121 1 Provas -- Mas quando nos sobrevém a tribulação, quantos de nós são como Jacó! Julgamos ser a mão de um inimigo; e na escuridão lutamos cegamente até ter gasto as forças, sem encontrarmos conforto nem libertamento. ... Também nós precisamos aprender que as provações significam benefício, e não desprezar o castigo do Senhor, nem desfalecer quando somos por Ele repreendidos. -- O Maior Discurso de Cristo, 11. ME 121 2 Eficiência -- Obreiros de Cristo nunca devem pensar, muito menos falar em fracasso em sua obra. O Senhor Jesus é nossa eficiência em todas as coisas; Seu Espírito tem de ser nossa inspiração; e ao nos colocarmos em Suas mãos, para ser veículos de luz, nossos meios de fazer bem nunca se esgotarão. Poderemos sorver de Sua plenitude, e receber daquela graça que desconhece limites. -- Obreiros Evangélicos, 19. ME 121 3 Grandes coisas -- Não é a capacidade que agora possuímos ou havemos de possuir, que nos dará êxito. É o que o Senhor pode fazer por nós. Deveríamos depositar muito menos confiança no que a pessoa é capaz de fazer, e muito mais no que Deus pode fazer para cada fiel. Anseia Ele que Lhe estendamos as mãos pela fé. Anseia que esperemos grandes coisas dEle. Anela dar-nos sabedoria, tanto nos assuntos temporais como nos espirituais. Pode aguçar o intelecto. Pode dar tato e habilidade. Empreguemos nossos talentos na obra, peçamos a Deus sabedoria, e ser-nos-á dada. -- Parábolas de Jesus, 146. ------------------------Capítulo 19 -- Livros que dão a mensagem ME 123 1 Proclamar a terceira mensagem angélica -- O Senhor chama gente nova para ingressar no campo da colportagem, de maneira que os livros cheios da luz da verdade presente possam ser lidos. O povo de fora da igreja necessita saber que os sinais dos tempos estão se cumprindo. Leve a eles livros que esclarecem. ... ME 123 2 Os que conhecem a verdade, há muito tempo estão dormindo. Necessitam ser santificados pelo Espírito Santo. A mensagem do terceiro anjo precisa ser proclamada com vigor. Vemos todos os dias fatos incríveis e aterrorizadores. Não temos tempo a perder. Não vamos permitir que coisas sem sentido tapem a luz que deve ser dada ao mundo. ME 124 1 A mensagem de advertência deve ser levada a todas as partes. Nossos livros devem ser publicados em muitas línguas diferentes. Com esses livros, homens humildes e fiéis podem sair como colportores-evangelistas, levando a verdade a muitos que de outro modo nunca seriam iluminados. -- Manuscrito 76, 1901. ME 124 2 Missão definida -- Machuca meu coração ver os que professam estar esperando o Salvador, dedicarem seu tempo e talentos à divulgação de livros que não contêm nenhuma referência às verdades especiais destinadas para nosso tempo -- livros de narrativas, de biografias, livros de teorias e especulações humanas. O mundo está cheio desses livros; podem ser adquiridos em qualquer lugar; mas como os seguidores de Cristo podem se empenhar em obra tão comum, quando há por todos os lados clamorosa necessidade da verdade de Deus? Não é nossa missão fazer circular tais obras. Há milhares de outras pessoas que se ocupam disso, porque ainda não receberam conhecimento suficiente de coisa melhor. Temos uma missão definida, e não devemos nos afastar dela para questões secundárias. Homens e recursos materiais não devem ser empregados para levar ao povo livros não comprometidos com a verdade presente. -- Manual for Canvassers, 66-67. ME 125 1 A menos que se tome cuidado, o mercado será inundado de livros de baixo teor, e o povo será impedido da luz e verdade essenciais a eles a fim de que seja preparado o caminho do Senhor. -- Carta 43, 1899. ME 125 2 Livros que iluminam -- Tenham os colportores em mãos livros que levem luz e fortaleza à alma, e bebam o conteúdo desses livros. Ponham toda a sua alma na obra de apresentar esses livros ao povo. Se eles estiverem imbuídos do Espírito de Deus, os anjos celestiais lhes darão sucesso em seu trabalho e eles alcançarão profunda e rica experiência. -- Carta 75, 1900. ME 125 3 Doutrinas que evidenciam nossa fé -- Nossos obreiros devem agora ser animados a dar a sua primeira atenção aos livros que tratem das evidências de nossa fé -- livros que ensinem as doutrinas da Bíblia e preparem um povo que há de ficar em pé nos tempos decisivos que estão diante de nós. Havendo levado um povo à luz da verdade por meio do trabalho de instruções bíblicas, acompanhado de oração e mediante o emprego sábio de nossas publicações, devemos ensiná-los a tornar-se obreiros na palavra e na doutrina. Devemos animá-los a espalhar os livros que tratam de assuntos bíblicos -- livros cujos ensinamentos preparem um povo para resistir à provação, para se revestir da verdade, e acender as lâmpadas. -- Testemunhos Seletos 3:311. ------------------------Capítulo 20 -- Os grandes livros de nossa mensagem ME 127 1 Livros esclarecendo a rebelião -- Fui instruída de que os importantes livros que contêm a luz dada por Deus com respeito à apostasia de Satanás no Céu, deveriam ter vasta circulação justamente agora; porque por meio deles a verdade atingirá muitas mentes. Patriarcas e Profetas, Daniel e Apocalipse e O Grande Conflito são agora mais necessários do que nunca. Deveriam circular amplamente, porque as verdades citadas abrirão muitos olhos cegos. ... Muitos dentre nosso povo têm estado alheios quanto à importância dos livros mais necessários. Se tivessem sido manifestados tato e habilidade na venda destes livros, o movimento das leis dominicais não estaria no pé em que está hoje. -- The Review and Herald, 16 de Fevereiro de 1905. ME 127 2 Há orientação preciosa em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e em Daniel e Apocalipse. Esses livros devem ser considerados como de especial importância, e todo esforço deve ser feito para pô-los nas mãos do povo. -- Carta 229, 1903. ME 127 3 A luz dada foi que Daniel e Apocalipse, O Grande Conflito e Patriarcas e Profetas devem ser vendidos. Eles contêm exatamente a mensagem que o povo necessita, a luz especial que Deus deu a Sua igreja. Os anjos de Deus preparam o caminho para estes livros no coração das pessoas. -- Special Instruction Regarding Royalties, p. 7. ME 128 1 Livros do Espírito de Profecia -- Agradeço a meu Pai celestial pelo interesse que meus irmãos e irmãs tomaram pela circulação de Parábolas de Jesus. Pela venda desse livro muito bem tem sido feito e o trabalho deve ser continuado. Mas os esforços de nosso povo não devem limitar-se a este livro. A obra do Senhor abrange mais do que um ramo de serviço. Parábolas de Jesus deve continuar fazendo sua obra designada; mas nem toda a concentração e esforço do povo de Deus devem ser dados a sua circulação. Também os livros Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações devem ser vendidos em toda parte. Esses livros contêm a verdade para este tempo -- verdade que deve ser proclamada em todos os lugares. Nada deve impedir sua venda. ME 128 2 O esforço para disseminar Parábolas de Jesus tem demonstrado o que pode ser feito no campo da colportagem. Esse esforço proporciona uma lição que nunca deve ser esquecida acerca de como colportar com devoção, confiança e êxito. ME 128 3 Muitos de nossos livros poderiam ter sido vendidos, se os membros da igreja fossem alertados para a importância das verdades que eles contêm e tivessem aceito a responsabilidade de fazê-los circular. Meus irmãos e irmãs, por que não fazer agora um esforço para disseminar esses livros? e colocar nesse esforço o mesmo entusiasmo que foi dado na venda de Parábolas de Jesus? Vendendo este livro, muitos aprenderam a apresentar livros mais volumosos. Obtiveram uma experiência que os preparou para entrar no campo da colportagem. ME 129 1 A influência desses livros -- A irmã White não é a originadora destes livros. Eles contêm a instrução que durante o trabalho de sua vida Deus tem lhe transmitido. Contêm a preciosa, confortadora luz que Deus, graciosamente, deu a Sua serva para ser dada ao mundo. De suas páginas, esta luz deve brilhar no coração de homens e mulheres, guiando-os ao Salvador. O Senhor declarou que esses livros devem ser espalhados através do mundo. Neles há uma verdade que, para o que a recebe, é um cheiro de vida para vida. Eles são silenciosas testemunhas de Deus. ME 129 2 No passado, foram o meio em Suas mãos para convencer e converter muitas almas. Muitos os têm lido com ansiosa expectativa, e, lendo-os, foram levados a ver a eficácia da expiação de Cristo e a confiar em Seu poder. Foram levados a encomendar a guarda de sua alma ao Criador, aguardando a vinda do Salvador para levar Seus queridos para o seu eterno lar. Futuramente, estes livros esclarecerão o evangelho a muitos outros, revelando-lhes o caminho da salvação. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. ME 130 1 Vender livros que promovam a luz -- O Senhor tem dado muita instrução a Seu povo: regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior. Oh! quanto bem poderia ser feito se os livros que contêm esta luz fossem lidos com a resolução de se executar os princípios que eles contêm! Haveria uma vigilância mil vezes maior, um esforço abnegado e resoluto mil vezes maior. E muitos mais estariam agora alegrando-se na luz da verdade presente. ME 130 2 Meus irmãos e irmãs, trabalhem zelosamente para fazer circular estes livros. Ponham vosso coração nesta obra, e a bênção de Deus estará conosco. Saiam com fé, orando para que Deus prepare corações para receber a luz. Sejam agradáveis e corteses. Mostrem, por uma conduta coerente, que vocês são verdadeiros cristãos. Andem e trabalhem à luz do Céu, e seu caminho será como o caminho do justo, brilhando mais e mais até o dia perfeito. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. ME 130 3 Apoiados no "Assim diz o Senhor" -- Quantos têm lido cuidadosamente Patriarcas e Projetas, O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações? Desejo que todos compreendam que minha confiança na luz que Deus tem dado permanece firme, porque sei que o poder do Espírito Santo engrandeceu a verdade e a fez gloriosa, dizendo: "Este é o caminho; andai nele." Isaías 30:21. Em meus livros a verdade é declarada e sustentada por um "Assim diz o Senhor". O Espírito Santo traçou essas verdades em meu coração e mente de maneira tão intensa como a lei foi traçada pelo dedo de Deus nas tábuas de pedra, as quais estão agora na arca, para serem expostas naquele grande dia, quando a sentença será pronunciada contra toda perniciosa e sedutora ciência produzida pelo pai da mentira. -- Carta 90, 1906. ME 131 1 Agradaria a Deus ver O Desejado de Todas as Nações em cada residência. Neste livro está contida a luz que tem sido dada sobre Sua Palavra. A nossos colportores eu gostaria de dizer: Saí com o coração abrandado e subjugado pela leitura da vida de Cristo. Bebei profundamente da água da salvação, de maneira que ela seja em vosso coração como uma fonte viva, que flua para refrigerar almas prestes a perecer. -- Carta 75, 1900. ME 131 2 O valor de O Grande Conflito -- O Grande Conflito deve alcançar ampla circulação. Ele contém a história do passado, do presente e do futuro. Em sua exposição das cenas finais da história da Terra, dá um poderoso testemunho em favor da verdade. Estou mais ansiosa de ver ampla circulação deste que de qualquer outro livro que eu tenha escrito; pois em O Grande Conflito, a última mensagem de advertência ao mundo é dada mais distintamente que em qualquer de meus outros livros. -- Carta 281, 1905. ME 132 1 Falo a você que está empenhado na obra da colportagem. Já leu o quarto volume [O Grande Conflito]? Sabe o que ele contém? Tem qualquer apreciação do assunto? Não percebe que o povo necessita a luz ali apresentada? Se ainda não agiu assim, insisto para que leia cuidadosamente essas solenes advertências e apelos. Estou certa de que o Senhor apreciaria ver essa obra levada a todos os lugares, onde existem pessoas a ser advertidas do perigo prestes a vir. -- Carta 1, 1890. ME 132 2 Fui movida pelo Espírito do Senhor a escrever este livro, e enquanto trabalhava nele, senti grande peso sobre minha alma. Sabia que o tempo era pouco, que as cenas que logo nos envolverão viriam afinal muito rapidamente, tal como são representadas nas palavras da Escritura: "O dia do Senhor virá como o ladrão de noite." 2 Pedro 3:10. ME 132 3 O Senhor tem colocado diante de mim assuntos que são de urgente importância para o tempo atual, e que alcançam o futuro. Numa incumbência a mim entregue foram-me ditas as palavras: "Escreva num livro as coisas que tem visto e ouvido, para que vá a todos os povos; pois é chegado o tempo em que a História passada se repetirá." Tenho sido despertada a uma, duas, ou três horas da manhã, com algum ponto a exercer forte pressão em meu espírito, como se dito pela voz de Deus. ... ME 132 4 Foi-me mostrado... que deveria passar a escrever os importantes assuntos do quarto volume [O Grande Conflito]; que a advertência deveria chegar onde não pode o mensageiro ir pessoalmente, e que ela deveria chamar a atenção de muitos para os importantes fatos que ocorrerão nas cenas finais da história deste mundo. -- Carta 1, 1890. ME 133 1 Aprecio o livro O Grande Conflito mais que prata ou ouro, e desejo grandemente que vá perante o povo. Enquanto preparava o manuscrito de O Grande Conflito, muitas vezes estive consciente da presença dos anjos de Deus. E muitas vezes as cenas a respeito das quais eu estava escrevendo foram-me de novo apresentadas em visões da noite, de maneira que ficavam frescas e vividas em minha mente. -- Carta 56, 1911. ME 133 2 Defesa contra o erro -- Seja despertado o interesse na venda desses livros. Sua vendagem é essencial, pois eles contêm oportuna instrução do Senhor. Devem ser apreciados como livros que levam ao povo a luz que é especialmente necessária justo agora. Devem, pois, esses livros ser amplamente distribuídos. Os que fazem cuidadoso estudo da instrução neles contida, e se dispõem a recebê-la como do Senhor, serão guardados de receber muitos dos erros que estão sendo introduzidos. Os que aceitam as verdades contidas nesses livros, não serão levados a falsos caminhos. ------------------------Capítulo 21 -- Publicações sobre saúde ME 134 1 Circulação de publicações sobre saúde -- A circulação de nossas publicações sobre saúde é uma obra importantíssima. É obra em que devem ter vivo interesse todos os que crêem nas verdades especiais para este tempo. Deus deseja que agora, como nunca antes, a mente do povo seja profundamente estimulada a observar a grande questão da temperança e os princípios que sustentam a verdadeira reforma de saúde. ME 134 2 Religião e saúde -- A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar pela salvação de homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade de romper com as satisfações pecaminosas, as quais destroem a saúde, depreciam o ser humano e impedem as verdades divinas de impressionar a mente. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901. ME 134 3 Uma cunha -- O evangelho da saúde tem defensores capazes, mas seu trabalho tem sido dificultado porque muitos pastores, presidentes de associações e outras pessoas que se acham em posição de influência, têm deixado de dar à questão da reforma de saúde a devida atenção. Eles não a têm reconhecido, em relação com a obra da mensagem, como o braço direito do corpo. Enquanto tem sido demonstrado pouco respeito para com este departamento por parte de muitas pessoas por alguns dos pastores, o Senhor manifestou Sua consideração para com ele dando-lhe abundante prosperidade. Quando conduzida de maneira adequada, a obra de saúde é uma cunha penetrante, que abre caminho para que outras verdades cheguem ao coração. Quando recebida em sua plenitude a mensagem do terceiro anjo, a reforma de saúde terá o seu lugar nos concílios da associação, no trabalho da igreja, no lar, à mesa e em todos os preparativos domésticos. Então o braço direito servirá o corpo e o protegerá. -- Conselhos sobre Saúde, 434. ME 135 1 Mão de apoio -- Nossas publicações sobre saúde são a mão auxiliadora do evangelho, a fim de abrir o caminho para que a verdade entre e salve muitas almas. Eu não sei de outra coisa que mais depressa abra os corações que essas publicações, que, quando lida e praticada, leva almas ao exame da Bíblia para melhor compreensão da verdade. ME 135 2 Os colportores devem levar as publicações de saúde ao conhecimento daqueles a quem visitam, falando-lhes de quão úteis são elas no tratamento de enfermidades. -- Manuscrito 113, 1901. ME 135 3 Cativa a atenção -- As publicações sobre saúde alcançam a muitos que não veriam nem leriam coisa alguma sobre importantes assuntos bíblicos. ... A verdade sobre a reforma de saúde deve ir ao povo. Isto é essencial para prender a atenção em referência à verdade bíblica. ME 136 1 Deus requer que Seu povo seja temperante em todas as coisas. A menos que pratique a temperança, não serão nem poderão ser santificados pela verdade. Seus próprios pensamentos e mente tornam-se depravados. ME 136 2 Muitos dos que são vistos como depravados sem remédio, se forem devidamente instruídos com respeito a suas práticas que comprometem a saúde, aceitarão a verdade. Assim podem ser elevados e enobrecidos, vasos santificados e apropriados para o uso do Mestre. Carregue consigo a literatura apropriada e o coração cheio do amor de Cristo por Suas almas, alcançando-as onde estiverem. ... ME 136 3 Remove preconceitos -- Fui informada que, ao dar atenção a este ramo da obra, você consegue remover preconceitos que têm sido obstáculos para alcançar o caminho para que pessoas recebam a verdade e leiam as publicações que expõem a verdade em que cremos. Esse assunto não deve ser passado por alto como se não fosse essencial, pois quase todas as famílias necessitam ser ativadas nesta questão, e a consciência despertada para que sejam praticantes da Palavra de Deus no hábito da abnegação quanto ao apetite. Ao se tornar o povo esclarecido nas questões da reforma de saúde, você está preparando o caminho para que dêem atenção à verdade presente para estes últimos dias. Disse meu instrutor: "Educai, educai, educai!" A mente deve ser iluminada; pois o entendimento está entenebrecido, tal como Satanás deseja, para que possa encontrar acesso através do apetite pervertido e rebaixar o ser humano. ... ME 137 1 Sou informada por meu instrutor: "Todos os que crêem na verdade e a proclamam devem não somente praticar a reforma de saúde, mas ensiná-la diligentemente a outros." Isto será um forte instrumento em chamar a atenção dos incrédulos à consideração de que se somos esclarecidos com referência ao regime e práticas saudáveis, seremos também no que respeita a assuntos de doutrinas bíblicas. -- Manuscrito 1, 1875. ME 137 2 O Senhor chama obreiros para que entrem no campo da colportagem. Ele deseja que os livros sobre a reforma de saúde sejam divulgados. Muita coisa depende da questão da reforma de saúde. -- Manuscrito 174, 1899. ME 137 3 Que jovens, rapazes e moças, tomem nossos livros sobre viver saudável e saiam entre o povo, fazendo o máximo para promover a obra de reforma de saúde. Há muitos no mundo que estão ansiosos por conhecer mais com respeito a esses princípios. -- Carta 154a, 1900. ME 137 4 Necessidade de luz -- O povo está em penosa necessidade da luz que irradia das páginas de nossas revistas de saúde e temperança. Deus deseja usar essas revistas como meio pelo qual jatos de luz atraiam a atenção do povo e os leve a aceitar as advertências da mensagem do terceiro anjo. ... ME 138 1 Os pastores podem e devem fazer muito para apressar a circulação de revistas de saúde. Cada membro da igreja deve trabalhar tão fervorosamente por essas revistas como pelos nossos outros periódicos. Não deve haver atrito entre os dois. ... ME 138 2 A circulação de revistas de saúde será um poderoso meio de preparar o povo para que aceite as verdades especiais que devem prepará-los para a breve volta do Filho do homem. -- The Review and Herald, 12 de Novembro de 1901. ME 138 3 Parte permanente das publicações -- A reforma de saúde alcançará e tem alcançado uma classe que de outro modo jamais seria alcançada pela verdade. Há no presente grande necessidade de se fazer esforços para ajudar o povo, crentes e incrédulos, por meio de palestras e publicações sobre saúde. Não posso ver por que os livros sobre saúde não devam ter um lugar permanente como as demais publicações, levando-se em consideração os preconceitos humanos em contrário. -- Carta 25a, 1889. ------------------------Capítulo 22 -- Mantendo o devido equilíbrio ME 139 1 Livros religiosos e de saúde -- Deve existir perfeita unidade entre os obreiros que manuseiam livros que inundarão de luz o mundo. Onde quer que seja apresentada a obra da colportagem entre nosso povo, sejam apresentados livros sobre saúde e religião como partes de uma obra unida. A relação entre os livros religiosos e os de saúde é comparada com a união dos fios da trama e do tear para formar um belo e perfeito trabalho. ME 139 2 Igualmente importantes -- No passado os livros sobre saúde não foram vendidos com o interesse que sua importância requer. Embora tenham sido apreciados por grande número de pessoas, muitos ainda não acham essencial que eles saiam ao mundo. Mas o que poderá ser um melhor preparo de pessoas para a vinda do Senhor, e a recepção delas para outras verdades essenciais, do que alertá-las para os males desta época e levá-las à mudança dos hábitos condescendentes e prejudiciais? Não está o mundo necessitando ser despertado em relação ao assunto da reforma de saúde? Não está o povo carecendo das verdades apresentadas nos livros sobre saúde? Um sentimento diferente daquele que até aqui tem prevalecido com respeito às obras sobre saúde, deve ser mantido por muitos de nossos colportores no campo. ME 140 1 Divergências e grupos distintos não devem ser vistos entre nossos colportores e diretores de colportagem. Todos devem interessar-se na venda de livros que tratam sobre a questão da saúde como na venda das obras essencialmente religiosas. Não se deve estabelecer a regra de que só certos livros devam ocupar a atenção dos colportores. Deve haver perfeita unidade, um desenvolvimento bem equilibrado e simétrico da obra em todas as suas partes. ME 140 2 Não devem ser separados -- A indiferença com que os livros sobre saúde têm sido tratados por muitos, é uma ofensa a Deus. Separar a obra médica do grande corpo da obra, não está em Sua ordem. A verdade presente repousa na obra da reforma de saúde tão certo como em outros aspectos da obra evangélica. Nenhum ramo, separado dos outros, pode ser um perfeito todo. -- Testemunhos para a Igreja 6:326-327. ME 140 3 Cada uma no seu lugar próprio -- Embora a obra de saúde tenha seu lugar na proclamação da terceira mensagem angélica, seus advogados não devem, de modo algum, esforçar-se por fazê-la tomar o lugar da mensagem. Os livros sobre saúde devem ocupar sua própria posição, mas a circulação destes livros é unicamente um dos muitos ramos na grande obra a ser feita. As fortes impressões algumas vezes dadas ao colportor com respeito aos livros de saúde não devem resultar em excluir do campo outros livros importantes que devem ser apresentados ao povo. Os que têm a seu cargo a colportagem, devem ser homens que possam discernir a relação de cada parte da obra para com o grande todo. Que eles dêem a devida atenção à circulação dos livros de saúde, mas não tornem este ramo tão preeminente que atraia homens de outros ramos de importância vital, assim excluindo os livros que levam ao mundo a especial mensagem da verdade. ME 141 1 Para o manuseio de livros religiosos é necessária a mesma educação que é esperada dos que tratam da questão de saúde e temperança. Isso deve ser dito a respeito da colportagem com livros que contêm o alimento espiritual, encorajando e educando os obreiros a fim de que espalhem livros que contêm a terceira mensagem angélica. O mesmo deve ser feito para treinar colportores em livros de saúde. ME 141 2 Um complementa o outro -- Um tipo de livros sempre abrirá espaço para outro. Ambos são essenciais e ambos devem ocupar o campo ao mesmo tempo. Um é o complemento do outro, e não pode, de modo algum, tomar seu lugar. Ambos tratam de assuntos do mais elevado teor, e ambos precisam fazer sua parte no preparo do povo de Deus para estes últimos dias. Ambos devem ser considerados como a verdade presente, para iluminar, para despertar, para convencer. Ambos devem confundir-se na obra de santificar e purificar as igrejas que aguardam a vinda do Filho de Deus em poder e grande glória. ME 142 1 Que cada publicador e diretor de colportagem trabalhe entusiasticamente para animar os agentes que agora estão no campo e para conquistar e preparar novos obreiros. Que cada um fortaleça e edifique a obra tanto quanto possível sem enfraquecer a obra de outros. Que tudo seja feito em amor fraternal e sem egoísmo. -- Testemunhos para a Igreja 6:327-328. ME 142 2 Desenvolvimento simétrico da Obra -- A reforma de saúde está tão intimamente relacionada com a terceira mensagem angélica, como o braço ao corpo; mas o braço não pode tomar o lugar do corpo. A proclamação da mensagem do terceiro anjo, dos mandamentos de Deus e do testemunho de Jesus é o fardo de nossa obra. A mensagem deve ser proclamada com alto clamor, e deve ir a todo o mundo. A apresentação dos princípios de saúde deve estar unida com esta mensagem, mas não deve em caso algum ser independente dela, ou de alguma maneira tomar o seu lugar. ... Deve haver um desenvolvimento simétrico bem equilibrado da obra em todas as partes. ... Eu desejaria que os livros de saúde ocupassem seu devido lugar; mas eles são apenas um dos muitos setores na grande obra a ser feita. O Senhor tem enviado Sua mensagem ao mundo em livros que contêm a verdade para os últimos dias. ME 143 1 Os colportores não devem ser ensinados que um livro ou uma classe de livros deve tomar o campo com negligência de todos os outros. Entre os obreiros há sempre alguns que podem ser inclinados quase para qualquer direção. Os que têm o encargo da obra da colportagem devem ser homens de mente bem equilibrada, que possam discernir a relação de cada parte da obra para com o grande todo. Dêem eles a devida atenção à distribuição de livros de saúde, mas não tornem este setor tão preeminente que tire homens de outros setores de vital interesse. -- Carta 57, 1896. ME 143 2 A venda de revistas e livros de saúde não representa de maneira nenhuma embaraço à venda de outras publicações que tratam de outros aspectos da mensagem do terceiro anjo. Todas devem preparar o caminho para que o Senhor Jesus venha nas nuvens do céu com poder e grande glória. -- Manuscrito 113, 1901. ME 143 3 Não trabalhar todos com um só livro -- Tem-se insistido que o melhor método é um só livro por vez no campo da colportagem -- que todos os colportores devem trabalhar com o mesmo livro. Não seria sábio nem conveniente isso acontecer. Nenhum livro deve ser levado só e conservado diante do público como se ele pudesse suprir todas as exigências para este tempo. Se o Senhor tem luz para Seu povo, exposta de diferentes modos em vários livros, quem se aventurará a pôr barreiras, de modo que a luz não seja difundida através do mundo? O Senhor deseja que delineemos planos, de maneira que a luz que Ele deu não seja escondida em nossas casas publicadoras, mas resplandeça para iluminar todos os que as receberem. -- Manual for Canvassers, 61-62. ME 144 1 Publicações para todas as classes -- Nenhum colportor deve exaltar o livro com o qual está trabalhando acima de outros que apresentam a verdade para este tempo. Se nossos colportores deixassem todos os livros menos um e neste concentrassem suas energias, a obra não seria efetuada de acordo com o plano de Deus. ME 144 2 As mentes não são iguais, e o que pode ser alimento para uma, deixa de atrair outra; por isso, devem ser postos no campo livros que tratem com variedade de assuntos especiais para este tempo. Será necessário ao colportor fazer uma sábia escolha. Que ninguém na obra de Deus se mantenha com a visão limitada. O Senhor tem muitos instrumentos por meio dos quais deseja trabalhar. ME 144 3 Quando um livro é exaltado acima de outro, há perigo de que exatamente a obra mais apropriada para proporcionar luz ao povo seja eliminada. Não há necessidade de contrastar diferentes livros e julgar qual deles fará melhor. Deus tem um lugar para todas as vozes e todas as penas que inspirou a se expressarem por Ele. É difícil para algumas pessoas examinar nossas obras mais difíceis, porém quando a mensagem é exposta por um meio mais simples, a verdade as alcança mais rápido. ME 145 1 Que os obreiros dirigentes animem os mais fracos e revelem um interesse igual em favor de cada um dos instrumentos postos em ação para preparar um povo para o dia do Senhor. Alguns receberiam mais benefício de revistas e folhetos do que de livros. Revistas, folhetos e brochuras que se baseiam em lições bíblicas, todos necessitam atenção na colportagem, porque são como pequenas cunhas que abrem o caminho para obras maiores. -- Manual for Canvassers, 63-64. ME 145 2 Folhetos e brochuras -- O colportor deve levar consigo folhetos, brochuras e livros pequenos para dar àqueles que não podem comprar. Deste modo a verdade pode ser introduzida em muitos lares. -- Testemunhos Seletos 2:554. ME 145 3 Esforços por livros religiosos -- A colportagem com nossas publicações é um trabalho evangelístico importante e dos mais proveitosos. ... Embora tenhamos dito muito em relação à colportagem com livros de saúde -- e ainda sentimos que devemos disseminar esses livros -- devem-se contudo fazer mais decididos esforços para que nossos importantes livros religiosos sejam levados ao povo. Nossas publicações podem ir a lugares onde não se podem realizar reuniões. Em tais lugares o fiel colportor-evangelista toma o lugar do pregador vivo. -- Carta 14, 1902. ME 146 1 Neste período de nossa obra precisamos cuidar de cada passo que dermos com respeito à publicação de nossos livros. Foi a mim mostrado claramente que precisamos recrutar homens e mulheres de habilidade como colportores. Muito dos esforços que se têm devotado à venda de livros médicos deve agora ser aplicado aos livros que contenham a verdade para este tempo, para que as evidências de nossa fé e os eventos prestes a acontecer sejam conhecidos pelo povo. ... ME 146 2 Devemos trazer para a obra todo ser humano que sinta haver sido escolhido por Deus para realizar não uma obra comum, comercial, mas um trabalho que levará luz e verdade, verdade bíblica, ao mundo. -- Carta 72, 1907. ME 146 3 Livros pequenos e livros grandes -- Eu não creio que seja correto devotar demasiada atenção à venda de livros pequenos, com negligência dos maiores. É erro deixar nas prateleiras as grandes obras que o Senhor revelou que deveriam ser colocadas nas mãos do povo, e forçar em seu lugar a venda de livros pequenos. -- Manuscrito 123, 1902. ------------------------Capítulo 23 -- O trabalho ministerial de nossas revistas ME 147 1 A verdade através de periódicos -- Publicam-se em nossas abençoadas revistas verdades bíblicas capazes de salvar almas. Muitos há que podem auxiliar no trabalho de vender essas revistas. -- Testemunhos Seletos 3:313. ME 147 2 Temos estado por assim dizer a dormir, quanto à obra que pode ser efetuada pela circulação de publicações bem preparadas. Preguemos agora a Palavra, com resoluta energia, pelo uso sábio de periódicos e livros, a fim de que o mundo compreenda a mensagem que Cristo deu a João na Ilha de Patmos. Testemunhe todo ser humano que professa o nome de Cristo: O fim de todas as coisas está às portas (1 Pedro 4:7); "prepara-te... para te encontrares com o teu Deus". Amós 4:12. -- The Review and Herald, 30 de Junho de 1908. ME 147 3 Proclamar a mensagem do terceiro anjo -- A grande e maravilhosa obra da última mensagem evangélica deve ser levada avante agora como nunca antes. O mundo deve receber a luz da verdade por meio de um ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. Nossas publicações devem mostrar que o fim de todas as coisas está às portas. Foi a mim solicitado que diga a nossas casas editoras: "Ergam a norma; ergam-na mais alto. Proclamem a terceira mensagem angélica, a fim de que ela possa ser ouvida por todo o mundo. Façam ver que 'aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus'. Apocalipse 14:12. Que as nossas publicações proclamem a mensagem, como um testemunho a todo o mundo." -- The Review and Herald, 30 de Junho de 1908. ME 148 1 Assinaturas de revistas -- Cometeu-se um erro em conseguir assinaturas de nossos periódicos para apenas umas poucas semanas, quando por meio de um esforço apropriado se poderiam conseguir assinaturas para prazo muito mais longo. Uma assinatura anual é de muito maior valor do que muitas por um curto tempo. Quando a assinatura é por apenas uns poucos meses, muitas vezes o interesse finda com o curto prazo da assinatura. Poucos renovam suas assinaturas por um período maior, e assim há um grande desperdício de tempo, que traz pequenos resultados, enquanto com um pouco mais de tato e perseverança, se poderiam obter assinaturas anuais. ME 148 2 Vocês estimulam um alvo muito baixo; vocês são muito limitados em seus planos. Não colocam em seu trabalho todo o tato e perseverança que ele merece. ME 148 3 Há mais dificuldades nesta obra do que em alguns outros ramos de negócio; mas as lições que serão aprendidas, o tato e a disciplina que serão adquiridos, habilitarão você para outros campos de utilidade, onde poderá ser útil às pessoas. Aqueles que com deficiência aprendem a lição e são descuidosos e ásperos ao se aproximarem das pessoas, haveriam de manifestar os mesmos defeitos nas maneiras, a mesma falta de tato e de habilidade em lidar com os outros, se entrassem no ministério. ME 149 1 Assinaturas por curto tempo, um erro -- Enquanto forem aceitas assinaturas para curto prazo, alguns não farão o esforço necessário para obter assinaturas para um prazo mais longo. Os colportores não devem passar pelo campo de modo descuidado e indiferente. Devem sentir que são obreiros de Deus, e o amor às almas deve levá-los a fazer todo esforço para iluminar homens e mulheres em direção à verdade. ME 149 2 A providência e a graça, os meios e os fins, estão intimamente relacionados. Quando Seus obreiros fazem o melhor que podem, Deus faz por eles aquilo que, por si mesmos, não podem fazer; mas ninguém deve esperar ter êxito independentemente e por seus próprios esforços. Precisa haver atividade unida a uma firme confiança em Deus. ME 149 3 A economia é necessária em todo departamento da obra do Senhor. A natural inclinação da juventude nesta época é negligenciar e desprezar a economia, e confundi-la com a avareza e a mesquinhez. Mas a economia é coerente com os pontos de vista e sentimentos mais francos e liberais; não pode haver verdadeira generosidade onde ela não é praticada. Ninguém deve pensar que o rebaixa estudar economia e os melhores meios de tomar cuidado com as migalhas. Cristo disse, depois de operar um notável milagre: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." João 6:12. -- Testemunhos para a Igreja 5:399-400. ------------------------Capítulo 24 -- A grande influência de nossas publicações ME 151 1 O poder da escrita -- Os instrumentos da escrita são um poder nas mãos de homens que sentem a verdade a arder no altar de seu coração e que têm por Deus um zelo inteligente, equilibrado com sadio discernimento. Esses instrumentos, inseridos na fonte da verdade pura, podem enviar aos escuros recantos da Terra raios de luz que refletirão em retorno, acrescentando novo poder e incrementando a luz a ser espalhada em todos os lugares. -- Life Sketches, p. 214. ME 151 2 A imprensa, instrumento de Deus -- A gráfica é um poderoso instrumento para impressionar a mente e o coração do povo. ... A imprensa é um poderoso meio que Deus determinou fosse combinado com as energias do pregador vivo, a fim de levar a verdade a toda nação, tribo, língua e povo. Muitos há que não poderiam ser atingidos de outra maneira. -- Vida e Ensinos, 225-227. ME 151 3 O setor de publicações de nossa causa é um dos poderosos recursos de que dispomos. É meu desejo que esse setor realize tudo quanto o Senhor lhe tem designado. Se nossos homens associados a atividades de livros fizerem fielmente sua parte, eu sei, pela luz que me tem sido dada por Deus, que o conhecimento da verdade presente será dobrado e triplicado. -- Life Sketches, p. 446-447. ME 152 1 Influência de nossas publicações -- Foi-me mostrado que nossas publicações devem ser impressas em diferentes línguas e enviadas a todos os países civilizados, custe o que custar. Qual é o valor do dinheiro neste tempo, em comparação com o valor das almas? ... ME 152 2 Foi-me mostrado que a imprensa é poderosa para o bem ou para o mal. Esta agência pode atingir e influenciar o espírito do público como nenhum outro meio. A imprensa, dirigida por homens santificados por Deus, pode ser, de fato, um poder para o bem em levar homens ao conhecimento da verdade. ... ME 152 3 Em outras terras -- Foi-me revelado que as publicações já estão operando em alguns corações em outros países, quebrando os muros do preconceito e da superstição. Vi homens e mulheres estudando com intenso interesse revistas e algumas páginas de folhetos sobre a verdade presente. Liam as evidências tão maravilhosas e novas para eles e abriam a Bíblia com profundo e novo interesse, ao se tornarem claros os assuntos da verdade que antes lhes eram obscuros, especialmente a luz com relação ao sábado do quarto mandamento. Ao examinarem as Escrituras para ver se essas coisas eram assim, uma nova luz brilhava em seu entendimento, porque os anjos circulavam entre eles, impressionando seu espírito com as verdades contidas nas publicações que liam. ME 153 1 Examinando com oração e lágrimas -- Vi-os segurando revistas e folhetos com uma mão e com a outra a Bíblia, enquanto suas faces estavam úmidas de lágrimas, e ajoelhando-se diante de Deus em fervente e humilde oração, para serem guiados em toda a verdade -- exatamente o que Ele estivera fazendo por eles antes de O invocarem. E quando a verdade foi recebida no coração e viram sua harmoniosa relação, a Bíblia tornou-se para eles um novo livro; apertaram-na de encontro ao coração com grato regozijo e seu semblante estava radiante de felicidade e santa exaltação. ME 153 2 Estes não se satisfaziam com fruir só eles mesmos a luz, e começaram a trabalhar por outros. Alguns fizeram grandes sacrifícios por amor da verdade e para ajudar os irmãos que se achavam em trevas. O caminho assim está sendo preparado para uma grande obra na distribuição de folhetos e revistas em outras línguas. -- Life Sketches, p. 214-215. ME 153 3 Livros retirados das estantes -- É certo que alguns dos que compram os livros, os colocarão na estante ou na mesa da sala de visitas e raramente os olharão. No entanto, Deus tem cuidado de Sua verdade, e virá o tempo em que esses livros serão procurados e lidos. A doença ou o infortúnio pode entrar no lar, e por meio da verdade contida nos livros Deus envia aos corações turbados paz, esperança e descanso. Seu amor lhes é revelado, e eles compreendem a preciosidade do perdão de seus pecados. Desse modo o Senhor coopera com Seus dedicados obreiros. -- Testemunhos Seletos 2:532. ME 154 1 Pessoas levadas a Cristo -- Nossas publicações estão agora semeando a semente do evangelho, e são instrumentos em levar a Cristo o mesmo tanto de pessoas que a palavra pregada. Igrejas inteiras têm sido formadas como resultado de sua circulação. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. ME 154 2 Até os fragmentos são preciosos -- Devemos tratar como a sagrado tesouro cada linha de matéria impressa que contém a verdade presente. Todo fragmento de um folheto ou de uma revista deve ser considerado como de valor. Quem pode estimar a influência que uma página arrancada, contendo as verdades da mensagem do terceiro anjo, pode ter sobre o coração de algum pesquisador da verdade? Lembremo-nos de que alguém poderia encontrar proveito em ler todos os livros e revistas que pudermos guardar. Cada página é um raio de luz do Céu que brilha e ilumina a trilha da verdade. ME 154 3 No milagre de alimentação da multidão com uns poucos pães e peixes, o alimento foi multiplicado ao passar de Cristo aos que o recebiam. Assim será na distribuição de nossas publicações. A verdade de Deus, ao ser transmitida, multiplicar-se-á grandemente. E como os discípulos, pela direção de Cristo, juntaram o que sobrou para que nada se perdesse, devemos nós entesourar cada fragmento de publicação que contenha a verdade para este tempo. -- The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. ME 155 1 Mil em um dia -- Deus fará logo grandes coisas por nós, se nos achegarmos humildes e crentes a Seus pés. ... Mais de mil serão logo convertidos em um dia, a maioria dos quais atribuirá suas primeiras convicções à leitura de nossas publicações. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885. ME 155 2 Durante a advertência final -- Por milhares de vozes, em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas acompanharão os crentes. Satanás também opera com prodígios de mentira, fazendo mesmo descer fogo do céu, à vista dos homens. Assim os habitantes da Terra serão levados a decidir-se. ME 155 3 A mensagem há de ser levada não tanto por argumentos como pela convicção profunda do Espírito de Deus. Os argumentos foram apresentados. A semente foi semeada e agora brotará e frutificará. As publicações distribuídas pelos missionários têm exercido sua influência; no entanto, muitos que ficaram impressionados foram impedidos de compreender completamente a verdade, ou de lhe prestar obediência. Agora os raios de luz penetram por toda parte, a verdade é vista em sua clareza. ... Grande número se coloca ao lado do Senhor. -- O Grande Conflito, 612. ME 156 1 A recompensa do colportor -- Quando os redimidos estiverem perante Deus, responderão ao chamado pessoas que ali estão por causa dos fervorosos e perseverantes esforços feitos em seu benefício, e dos apelos para que fugissem para a Fortaleza. Desse modo, os que neste mundo têm estado a cooperar com Deus, receberão a recompensa. -- Conselhos sobre Saúde, 357. ME 156 2 Imagine a gratidão das pessoas que nos encontrarem nas cortes celestiais, ao compreenderem o interesse cheio de simpatia e amor manifestado em sua salvação! Todo louvor, honra e glória serão dados a Deus e ao Cordeiro pela nossa redenção; mas não diminuirá a glória de Deus o exprimir reconhecimento para com o instrumento por Ele empregado na salvação de almas prestes a perecer. ME 156 3 Os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que alegres conversas hão de eles ter com essas pessoas! "Eu era pecador", alguém dirá, "sem Deus e sem esperança no mundo; e você se aproximou de mim, e atraiu minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança." ... ME 157 1 Que alegria será quando esses remidos se encontrarem com os que se preocuparam com eles, e os saudarem! -- Obreiros Evangélicos, 518-519. ------------------------Mensagens Escolhidas 1 ME1 9 1 Introdução ME1 15 1 Capítulo 1 -- A inspiração dos escritores proféticos ME1 24 0 Capítulo 2 -- Ellen G. White e seus escritos ME1 40 1 Capítulo 3 -- Atitudes para com os Testemunhos ME1 49 0 Capítulo 4 -- Composição e envio dos Testemunhos para a Igreja ME1 59 1 Capítulo 5 -- Explicação de antigas declarações ME1 79 1 Capítulo 6 -- Amorosa solicitude de Jesus ME1 83 1 Capítulo 7 -- Cristo mantém as rédeas ME1 86 1 Capítulo 8 -- Pronto a gastar e a deixar-se gastar ME1 89 1 Capítulo 9 -- "Examinai-vos a vós mesmos" ME1 94 1 Capítulo 10 -- Os anjos bons são mais poderosos que os anjos maus ME1 98 1 Capítulo 11 -- Quanto valemos? ME1 106 1 Capítulo 12 -- Os anjos pasmam ME1 109 1 Capítulo 13 -- Importância de receber o Espírito Santo ME1 112 1 Capítulo 14 -- Em todo lugar ME1 116 1 Capítulo 15 -- Quando a igreja despertar ME1 121 1 Capítulo 16 -- Apelo a um reavivamento ME1 129 1 Capítulo 17 -- Salvaguardar a nova experiência ME1 144 1 Capítulo 18 -- Apelos especiais no ministério público ME1 155 1 Capítulo 19 -- Que pregar e que não pregar ME1 164 1 Capítulo 20 -- Nossa atitude para com controvérsias doutrinárias ME1 169 1 Capítulo 21 -- Ensinos fantasiosos ou especulativos ME1 176 0 Capítulo 22 -- O perigo de pontos de vista extremados ME1 185 1 Capítulo 23 -- Cuidado com a marcação de datas ME1 193 1 Capítulo 24 -- O alfa e o ômega ME1 201 0 Capítulo 25 -- Os alicerces de nossa fé ME1 211 1 Capítulo 26 -- A lei perfeita ME1 216 1 Capítulo 27 -- O caráter da lei de Deus ME1 221 1 Capítulo 28 -- A inimizade de Satanás à lei ME1 226 1 Capítulo 29 -- Cristo, nossa única esperança ME1 229 1 Capítulo 30 -- A lei e o evangelho ME1 233 1 Capítulo 31 -- A lei em Gálatas ME1 236 1 Capítulo 32 -- A justiça de Cristo na lei ME1 242 1 Capítulo 33 -- "Examinai as Escrituras" ME1 246 1 Capítulo 34 -- "O Verbo se fez carne" ME1 252 1 Capítulo 35 -- "Como nós, em tudo foi tentado" ME1 257 1 Capítulo 36 -- Para Cristo não há diferenças sociais ME1 263 1 Capítulo 37 -- "Eu também vos envio" ME1 267 1 Capítulo 38 -- A tentação de Cristo ME1 271 1 Capítulo 39 -- A primeira tentação de Cristo ME1 281 1 Capítulo 40 -- A segunda tentação de Cristo ME1 285 1 Capítulo 41 -- A terceira tentação de Cristo ME1 290 1 Capítulo 42 -- A revelação de Deus ME1 296 1 Capítulo 43 -- Cristo, o doador da vida ME1 301 1 Capítulo 44 -- O Salvador ressurgido ME1 304 1 Capítulo 45 -- As primícias ME1 308 1 Capítulo 46 -- Um divino portador de pecados ME1 311 1 Capítulo 47 -- A verdade como é em Jesus ME1 320 1 Capítulo 48 -- A norma divina ME1 326 1 Capítulo 49 -- Entrega e confissão ME1 331 1 Capítulo 50 -- "Vinde, buscai, e encontrareis" ME1 336 1 Capítulo 51 -- Unidos à videira viva ME1 340 1 Capítulo 52 -- Cristo, nosso sumo sacerdote ME1 345 1 Capítulo 53 -- Transformação mediante a fé e a obediência ME1 350 1 Capítulo 54 -- O assunto apresentado em 1883 ME1 355 1 Capítulo 55 -- Apresentado como verdade antiga em moldes novos ME1 359 1 Capítulo 56 -- Uma verdade que tem credenciais divinas ME1 365 1 Capítulo 57 -- Cristo, o caminho da vida ME1 369 1 Capítulo 58 -- "Deixaste o teu primeiro amor" ME1 373 1 Capítulo 59 -- Obediência perfeita por meio de Cristo ME1 377 0 Capítulo 60 -- Relação da fé com as obras ME1 383 1 Capítulo 61 -- Cristo, o centro da mensagem ME1 389 1 Capítulo 62 -- Justificados pela fé ME1 399 1 Capítulo 63 -- A pérola de grande preço ME1 401 1 Capítulo 64 -- "As trevas não a compreenderam" ME1 406 1 Capítulo 65 -- Como relacionar-nos com um ponto de doutrina controverso ------------------------Introdução ME1 9 1 A apresentação de livros que levam o nome de Ellen G. White abaixo do título, se bem que apareçam décadas depois da morte da autora, demanda uma palavra de explicação. Ela trará ao leitor certeza de que Mensagens Escolhidas e outras obras do Espírito de Profecia que têm aparecido desde a morte da autora em 1915, são publicadas em harmonia com as deliberações expressas da vontade da Sra. E. G. White. ME1 9 2 Ao tempo de sua morte, a mensageira do Senhor deixou como perdurável tesouro à igreja um conjunto de mais de 100 mil páginas de matéria, que consiste em seus livros correntes, 4.500 artigos em revistas denominacionais, dezenas e dezenas de folhetos, brochuras, livros esgotados, e seus manuscritos, diários e cartas. ME1 10 1 Constituía assunto de grande preocupação para a Sra. White durante seus últimos anos de vida, o uso futuro e sempre ampliado das mensagens proféticas a ela confiadas. A 9 de Fevereiro de 1912, em sua última vontade e testamento, ela tomou providências definidas para a continuação do cuidado com suas obras escritas. Foram por ela escolhidos cinco homens para servirem, enquanto vivessem, como membros de uma permanente Comissão de Depositários responsáveis pelo cuidado de seus escritos. ME1 10 2 Para esta importante tarefa, a Sra. White escolheu dirigentes da denominação que tinham grandes responsabilidades na administração da igreja. As pessoas mencionadas por ela para servirem de depositárias, foram: Artur G. Daniells, então presidente da Associação Geral; Francis M. Wilcox, então redator da Review and Herald; C. H. Jones, por muitos anos gerente da Pacific Press; Clarence C. Crisler, um de seus secretários, que veio da Associação para seu serviço, e que, depois de sua morte, foi para o Extremo Oriente como secretário da Divisão; e Guilherme C. White, seu filho, que, depois da morte do Pastor Tiago White em 1881, viajara sempre com sua mãe e a ajudara na publicação de seus escritos, e em outras maneiras. ME1 10 3 As instruções da Sra. White a essa comissão providenciaram autorização para a publicação contínua de seus livros, para a distribuição sempre mais ampla desses volumes em outras línguas, e para "impressão de meus manuscritos". ME1 10 4 Esperava ela que, à medida que a igreja crescesse e se deparasse com novas necessidades e entrasse em novas crises, houvesse maior demanda de compilações de seus escritos apresentando os vários ramos de instruções reunidas de seus manuscritos, livros e artigos de revistas. ME1 10 5 Desde a morte da Sra. White a biblioteca de livros de sua pena tem sido aumentada para incluir as seguintes obras publicadas nesta seqüência: Fundamentos da Educação Cristã (1923), Conselhos Sobre Saúde (1923), Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos (1923), Serviço Cristão (1925), Mensagens aos Jovens (1930), Medicina e Salvação (1933), Conselhos Sobre o Regime Alimentar (1938), Conselhos Sobre a Escola Sabatina (1938), Conselhos Sobre Mordomia (1940), Evangelismo (1946), Counsels to Writers and Editors (1946), História da Redenção (1947), Temperança (1949), Beneficência Social (1952), O Lar Adventista (1952), Minha Consagração Hoje (1952) (Meditações Matinais), O Colportor Evangelista (1953), Orientação da Criança (1954) , Filhos e Filhas de Deus (1955) (Meditações Matinais). ME1 11 1 Em acréscimo a esses livros foi reunido a cada um dos sete volumes de The Seventh-day Adventist Bible Commentary um suplemento de matéria de Ellen G. White. ME1 11 2 Mensagens Escolhidas é um tipo único de compilação, visto procurar reunir e por permanentemente à disposição, não somente valiosos artigos de revistas e declarações de manuscritos, mas também certos inapreciáveis panfletos e folhetos antigos atualmente esgotados. Incluídos nos conselhos aqui apresentados encontram-se suas declarações sobre a inspiração escritas de meados a fins de 1880, suas observações quanto às "duas leis", escritas cerca da passagem do século, o panfleto "Devem os Cristãos Ser Membros de Sociedades Secretas?" publicado em 1893, mensagens de conforto aos aflitos ou aos que se acham em face da morte e um bom grupo de artigos de revistas tratando extensamente de pontos centrais de doutrina. Certos assuntos dentre esses foram trazidos à atenção da igreja mediante reedições dos artigos da Sra. White em nossas revistas e folhetos, e em alguns casos por meio de citações em livros de outros autores tratando do Espírito de Profecia, mas essas fontes não podem ser incluídas no índice dos Escritos de Ellen G. White. ME1 11 3 Mensagens Escolhidas, vols. 1 e 2, incluem itens já publicados em Notebook Leaflets, conhecidos anteriormente como Folhetos de Elmshaven. Esses folhetos-miscelânea tratando de muitos assuntos têm sido altamente apreciados. Não poucos dos documentos dos quais eles haviam sido tirados, entretanto, foram no decorrer dos anos subseqüentes incorporados em livros como o Medicina e Salvação, e O Lar Adventista, e em outros casos aparecem nesses livros mais recentemente publicados, declarações idênticas. As porções que ainda têm lugar destacado no apresentar conselhos e instruções, foram incluídas em Mensagens Escolhidas. Daí não ser mais necessário editar os Notebook Leaflets. A publicação destes volumes torna possível também a apresentação de pequenos grupos de matéria escolhida não publicada anteriormente, mas que será grandemente apreciada. ME1 11 4 As várias seções nesses volumes não são absolutamente relacionadas. Encontrar-se-á no início de cada, seção uma declaração introdutória, dando o fundo dos itens que aí aparecem. Aqui e ali, através do texto, acham-se notas explanatórias. Estas não são inseridas para fins de interpretação dos conselhos, mas para chamar a atenção às circunstâncias e situações especiais que podem ter tido uma relação com os pontos apresentados. ME1 11 5 Esta obra, Mensagens Escolhidas, foi compilada nos escritórios das Publicações de Ellen G. White, sob a coordenação da Comissão de Depositários das Publicações de Ellen G. White, e por seu corpo de obreiros. Declarações introdutórias são assinadas por esta comissão, e notas explanatórias, aprovadas pelos depositários, são assinadas pelos "Compiladores". ME1 11 6 Mensagens Escolhidas é incluído no novo Índice dos Escritos de Ellen G. White [em inglês]. Que esses volumes publicados tantos anos depois da morte da Sra. White tragam à igreja em forma permanente instruções que sejam úteis no cumprimento de nossa tarefa designada por Deus, eis a sincera oração e o desejo dos Editores e da Comissão de Depositários do Patrimônio Literário White. ------------------------Capítulo 1 -- A inspiração dos escritores proféticos A inspiração da palavra de Deus ME1 15 1 Este é um tempo em que se pode fazer com propriedade a pergunta: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Lucas 18:8. ME1 15 2 Treva espiritual cobriu a Terra e densa escuridão os povos. Há em muitas igrejas ceticismo e infidelidade na interpretação das Escrituras. Muitos, muitos mesmo, põem em dúvida a veracidade e verdade das Escrituras. Os raciocínios humanos e as imaginações do coração do homem estão minando a inspiração da Palavra de Deus, e o que podia ser recebido como garantido, é circundado com uma nuvem de misticismo. Coisa alguma aparece em linhas claras e distintas, assentada no fundamento da rocha. Este é um dos sinais marcantes dos últimos dias. ME1 15 3 Este Livro Santo tem resistido aos assaltos de Satanás, que se tem unido com homens maus para envolver em névoas e escuridão tudo quanto é de caráter divino. O Senhor, porém, tem guardado este Livro Santo em sua forma atual mediante o miraculoso poder dEle -- uma carta ou guia para a família humana a fim de mostrar-lhe o caminho do Céu. ME1 15 4 O Livro de Deus, porém, tem sido tão manifestamente negligenciado, que não há senão alguns em nosso mundo, mesmo dos que professam explicá-lo aos outros, que tenham o divino conhecimento das Escrituras. Há homens de saber, que possuem educação colegial, mas esses pastores não alimentam o rebanho de Deus. Não consideram que as excelências das Escrituras irão continuamente desdobrando seus tesouros ocultos como jóias preciosas são descobertas mediante o escavá-las. ME1 16 1 Homens há que se esforçam por ser originais, cuja sabedoria é mais elevada que o que está escrito; portanto, sua sabedoria é loucura. Descobrem antecipadamente coisas maravilhosas, idéias que revelam estarem eles grandemente atrasados na compreensão da vontade divina e dos desígnios de Deus. Buscando esclarecer ou desemaranhar mistérios por séculos ocultos aos mortais, são como um homem a chapinhar na lama, incapaz de desembaraçar-se a si mesmo, e todavia dizendo aos outros como saírem do lodoso mar em que eles próprios se debatem. Esta é uma justa representação dos homens que se põem a corrigir os erros da Bíblia. Homem algum pode aperfeiçoar a Bíblia sugerindo o que o Senhor queria dizer ou devia ter dito. ME1 16 2 Alguns nos olham seriamente e dizem: "Não acha que deve ter havido algum erro nos copistas ou da parte dos tradutores?" Tudo isso é provável, e a mente que for tão estreita que hesite e tropece nessa possibilidade ou probabilidade, estaria igualmente pronta a tropeçar nos mistérios da Palavra Inspirada, porque sua mente fraca não pode ver através dos desígnios de Deus. Sim, com a mesma facilidade tropeçariam em fatos simples que a mente comum aceita e em que discerne o Divino, e para quem as declarações de Deus são simples e belas, cheias de essência e riqueza. Mesmo todos os erros não causarão dificuldade a uma alma, nem farão tropeçar os pés de alguém que não fabrique dificuldades da mais simples verdade revelada. ME1 16 3 Deus confiou o preparo de Sua Palavra divinamente inspirada ao homem finito. Esta Palavra, arranjada em livros -- o Antigo e o Novo Testamentos -- é o guia para os habitantes de um mundo caído, a eles legado para que, mediante o estudar as direções e obedecer-lhes, alma alguma perdesse o caminho do Céu. ME1 17 1 Os que pensam tornar claras as supostas dificuldades da Escritura determinando por sua regra finita o que é inspirado e o que não o é, melhor fariam em cobrir o rosto como Elias quando lhe falou a vozinha mansa e delicada; pois se encontram na presença de Deus e dos santos anjos, que por séculos têm comunicado aos homens luz e conhecimento, dizendo-lhes o que fazer e o que não fazer, desdobrando diante deles cenas de emocionante interesse, marco por marco em símbolos e sinais e ilustrações. ME1 17 2 E Ele [Deus] enquanto apresenta os perigos que se agrupam em torno dos últimos dias, não habilitou homem finito algum a desvelar ocultos mistérios nem inspirou um homem ou uma classe de homens a pronunciar juízo quanto ao que é ou não é inspirado. Quando homens, em seu juízo finito, julgam necessário fazer um exame de textos para definir o que é inspirado e o que o não é, estão dando um passo adiante de Jesus a fim de mostrar-Lhe um caminho melhor do que aquele em que Ele nos tem guiado. ME1 17 3 Tomo a Bíblia tal como ela é, como a Palavra Inspirada. Creio nas declarações de uma Bíblia inteira. Levantam-se homens que julgam ter alguma coisa a criticar na Palavra de Deus. Eles a expõem diante de outros como prova de superior sabedoria. Esses homens são, muitos deles, inteligentes, instruídos, possuem eloqüência e talento, homens cuja vida toda é desassossegar espíritos quanto à inspiração das Escrituras. Influenciam muitos a ver segundo eles próprios vêem. E a mesma obra é transmitida de um para outro, da mesma maneira que Satanás designou que fosse, até que possamos ver plenamente o sentido das palavras de Cristo: "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na Terra?" Lucas 18:8. ME1 17 4 Irmãos, nenhuma mente ou mão se empenhe em criticar a Bíblia. É uma obra que Satanás se deleita que qualquer de vós faça, mas não é obra a vós designada pelo Senhor. ME1 17 5 Os homens devem deixar que Deus cuide de Seu próprio Livro, Seus oráculos vivos, como Ele tem feito por séculos. Eles começam a pôr em dúvida algumas partes da revelação, e acham falhas nas aparentes incoerências desta e daquela declaração. Começando em Gênesis, eles rejeitam aquilo que julgam questionável, e sua mente os leva adiante, pois Satanás levará a qualquer extensão a que eles o sigam em sua crítica, e vejam alguma coisa de que duvidar em todas as Escrituras. Suas faculdades de crítica são aguçadas pelo exercício, e não podem repousar em nada com certeza. Procurais raciocinar com esses homens, mas é tempo perdido. Eles exercerão sua capacidade de ridículo mesmo sobre a Bíblia. Tornam-se até zombadores, e ficariam surpreendidos se os fizésseis ver as coisas por esse aspecto. ME1 18 1 Irmãos, apegai-vos à Bíblia, tal como ela reza, parai com vossas críticas relativamente a sua validade, e obedecei à Palavra, e nenhum de vós se perderá. O engenho dos homens se tem exercitado através dos séculos para medir a Palavra de Deus por sua mente finita e limitada compreensão. Se o Senhor, o Autor das Sagradas Escrituras, retirasse a cortina e revelasse Sua sabedoria e Sua glória perante eles, reduzir-se-iam a nada, e exclamariam como Isaías: "Sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios." Isaías 6:5. ME1 18 2 Simplicidade e enunciação clara são compreendidas pelo iletrado, o camponês e a criança, da mesma maneira que pelo homem já desenvolvido ou o gigante no intelecto. Caso a pessoa seja possuidora de grandes talentos de faculdades mentais, encontrará na Palavra de Deus tesouros de verdade, belos e valiosos, de que se pode apoderar. Encontrará também dificuldades, e segredos e maravilhas que lhe proporcionarão a mais alta satisfação no estudar por longo tempo através da vida, e resta ainda um infinito para além. ME1 18 3 Homens de humildes aquisições, que possuem apenas capacidade e ensejos limitados de se tornarem familiares com as Escrituras, encontram conforto, guia e conselho nas Sagradas Escrituras, e acham o plano da salvação tão claro como um raio de sol. Ninguém precisa perder-se por falta de conhecimento, a menos que seja voluntariamente cego. ME1 18 4 Damos graças a Deus por ser a Bíblia preparada para o pobre da mesma maneira que para o homem de saber. Ela se adapta a todas as idades, todas as classes. -- Manuscrito 16, 1888. Objeções à Bíblia ME1 19 1 As mentes humanas variam. Mentes de educação e pensamento diverso recebem diferentes impressões das mesmas palavras, e difícil é a um espírito transmitir a outro de temperamento, educação e hábitos de pensamento diferentes, através da linguagem, exatamente a mesma idéia que é clara e distinta em seu próprio espírito. Todavia para homens sinceros, retos de espírito, ele pode ser tão simples e claro que comunique sua intenção para todos os fins práticos. Caso o homem com quem ele se comunique não seja sincero e não queira ver e compreender a verdade, dará a suas palavras e linguagem a direção que se ajuste a seus próprios desígnios. Interpretará mal suas palavras, jogará com a imaginação, torcer-lhes-á o verdadeiro sentido, e então, entrincheirar-se-á na incredulidade, pretendendo que os sentimentos estão todos errados. ME1 19 2 Esta é a maneira por que meus escritos são tratados pelos que desejam compreendê-los mal e pervertê-los. Transformam a verdade de Deus em mentira. Exatamente da mesma maneira por que eles tratam os escritos em meus artigos publicados e nos meus livros, tratam os céticos e os infiéis a Bíblia. Lêem-na segundo seus desejos de perverter, aplicar mal, torcer voluntariamente as declarações de seu verdadeiro sentido. Declaram eles que a Bíblia pode provar qualquer coisa e tudo, e cada seita prova que suas doutrinas estão certas, e que as doutrinas mais diversas são provadas pela Bíblia. ME1 19 3 Os escritores da Bíblia tiveram de exprimir suas idéias em linguagem humana. Ela foi escrita por seres humanos. Esses homens foram inspirados pelo Espírito Santo. Devido a imperfeições da compreensão humana da linguagem, ou da perversidade da mente humana, hábil em fugir à verdade, muitos lêem e entendem a Bíblia de maneira a se agradarem a si mesmos. Não é que a dificuldade esteja na Bíblia. Adversários políticos questionam pontos de lei no livro dos estatutos, e tomam atitudes opostas em sua aplicação, e nessas leis. ME1 19 4 As Escrituras foram dadas aos homens, não em uma cadeia contínua de ininterruptas declarações, mas parte por parte através de sucessivas gerações, à medida que Deus, em Sua providência, via apropriada ocasião para impressionar o homem nos vários tempos e diversos lugares. Os homens escreveram segundo foram movidos pelo Espírito Santo. Há "primeiro o botão, depois a flor, e em seguida o fruto", "primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga". Marcos 4:28. Isto é exatamente o que as declarações bíblicas são para nós. ME1 20 1 Nem sempre há perfeita ordem ou aparente unidade nas Escrituras. Os milagres de Cristo não são dados na ordem exata, mas justo segundo ocorriam as circunstâncias, as quais reclamavam esta divina revelação do poder de Cristo. As verdades da Bíblia são como pérolas ocultas. Devem ser buscadas, desenterradas mediante penosos esforços. Os que apanham apenas uma apressada visão das Escrituras hão de, com seu conhecimento superficial que eles julgam muito profundo, falar nas contradições da Bíblia, e pôr em dúvida a autoridade das Escrituras. Aqueles, porém, cujo coração se acha em harmonia com a verdade e o dever, pesquisarão as Escrituras com o coração preparado para receber impressões divinas. A alma iluminada vê unidade espiritual, um grande fio de ouro através do todo, mas requer paciência, reflexão e oração o rastrear o áureo fio precioso. Contendas amargas a respeito da Bíblia levaram a pesquisas e revelaram as preciosas jóias da verdade. Muitas lágrimas foram vertidas, muitas orações feitas para que o Senhor abrisse o entendimento para Sua Palavra. ME1 20 2 A Bíblia não nos é dada em elevada linguagem sobre-humana. A fim de chegar aos homens onde eles se encontram, Jesus revestiu-Se da humanidade. A Bíblia precisa ser dada na linguagem dos homens. Tudo quanto é humano é imperfeito. Significações diversas são expressas pela mesma palavra; não há uma palavra para cada idéia distinta. A Bíblia foi dada para fins práticos. ME1 20 3 Diferentes são os cunhos mentais. As expressões e declarações não são compreendidas da mesma maneira por todos. Alguns entendem as declarações das Escrituras segundo sua mente e casos especiais. As prevenções, os preconceitos e as paixões têm forte influência para obscurecer o entendimento e confundir a mente mesmo ao ler as palavras da Santa Escritura. ME1 20 4 Os discípulos de caminho para Emaús, necessitaram ser desembaraçados de sua interpretação das Escrituras. Jesus caminhou com eles disfarçado, e como homem falou com eles. Começando por Moisés e os profetas, ensinou-lhes todas as coisas referentes a Ele próprio, que Sua vida, Sua missão, Seus sofrimentos e Sua morte estavam justo em harmonia com o que a Palavra de Deus predissera. Abriu-lhes o entendimento para que compreendessem as Escrituras. Quão pronto estendeu Ele sem rodeios as emaranhadas extremidades e mostrou a unidade e a divina verdade das Escrituras! Quantos homens em nossos tempos necessitam de que seu entendimento seja aberto! ME1 21 1 A Bíblia foi escrita por homens inspirados, mas não é a maneira de pensar e exprimir-se de Deus. Esta é da humanidade. Deus, como escritor, não Se acha representado. Os homens dirão muitas vezes que tal expressão não é própria de Deus. Ele, porém, não Se pôs à prova na Bíblia em palavras, em lógica, em retórica. Os escritores da Bíblia foram os instrumentos de Deus, não Sua pena. Olhai os diversos escritores. ME1 21 2 Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que o foram. A inspiração não atua nas palavras do homem ou em suas expressões, mas no próprio homem que, sob a influência do Espírito Santo, é possuído de pensamentos. As palavras, porém, recebem o cunho da mente individual. A mente divina é difusa. A mente divina, bem como Sua vontade, é combinada com a mente e a vontade humanas; assim as declarações do homem são a Palavra de Deus. -- Manuscrito 24, 1886. Unidade na diversidade ME1 21 3 Há variedade em uma árvore, dificilmente duas folhas são exatamente semelhantes. Todavia esta variedade acrescenta à perfeição da árvore como um todo. ME1 21 4 Em nossa Bíblia, poderíamos perguntar: "Por que necessitam Mateus, Marcos, Lucas e João nos Evangelhos, por que necessitam os Atos dos Apóstolos e a variedade de escritores das Epístolas, repetir as mesmas coisas?" ME1 21 5 O Senhor deu Sua Palavra justamente pela maneira que queria que ela viesse. Deu-a por meio de diferentes escritores, tendo cada um sua própria individualidade, embora repetindo a mesma história. Seus testemunhos são trazidos juntos em um só Livro, e são como as expressões em uma reunião de testemunhos. Eles não dizem as coisas exatamente no mesmo estilo. Cada um tem uma experiência sua, própria, e essa diversidade amplia e aprofunda o conhecimento que vem satisfazer as necessidades dos variados espíritos. Os pensamentos expressos não têm estabelecida uniformidade, como se houvessem sido lançados em molde de ferro, tornando monótono o próprio ouvir. Em tal uniformidade haveria perda da graça e beleza que os distingue. ... ME1 22 1 O Criador de todas as idéias pode impressionar mentes diversas com o mesmo pensamento, mas cada um pode exprimi-lo por diferentes maneiras, e ao mesmo tempo sem contradições. O fato de existir essa diferença não nos deve confundir nem deixar perplexos. Raramente verão duas pessoas e exprimirão a verdade da mesma maneira. Cada uma se deterá em pontos particulares que sua constituição e educação a habilitaram a apreciar. A luz do Sol incidindo sobre diferentes objetos, empresta-lhes tonalidades diversas. ME1 22 2 Mediante a inspiração de Seu Espírito o Senhor deu a Seus apóstolos uma verdade a ser expressa segundo o desenvolvimento de sua mente pelo Espírito Santo. A mente, porém, não é tolhida, como se forçada em determinado molde. -- Carta 53, 1900. O Senhor exprime-se em linguagem imperfeita ME1 22 3 O Senhor fala aos seres humanos em linguagem imperfeita, a fim de os sentidos degenerados, a percepção pesada, terrena, dos seres da Terra poderem compreender-Lhe as palavras. Nisto se revela a condescendência de Deus. Ele vai ao encontro dos caídos seres humanos onde eles se acham. Perfeita como é, em toda a sua simplicidade, a Bíblia não corresponde às grandes idéias de Deus; pois idéias infinitas não se podem corporificar perfeitamente em finitos veículos de pensamento. Em lugar de as expressões da Bíblia serem exageradas, como julgam muitos, as fortes expressões se enfraquecem ante a magnificência da idéia, embora o escritor escolha a mais expressiva linguagem para transmitir as verdades da educação mais elevada. Os seres pecadores só podem suportar olhar a sombra do brilho da glória celeste. -- Carta 121, 1901. Ninguém profira juízo sobre a Palavra de Deus ME1 23 1 Tanto no Tabernáculo [de Battle Creek] como no colégio tem sido ensinado o assunto da inspiração, e homens finitos se têm arrogado dizer que certas coisas nas Escrituras foram inspiradas e outras não. Foi-me mostrado que o Senhor não inspirou os artigos acerca da inspiração publicados na Review, nem aprovou o endosso deles perante nossa mocidade no colégio. Quando os homens se atrevem a criticar a Palavra de Deus, atrevem-se a pisar em terreno santo, sagrado, e melhor lhes seria temer e tremer e esconder sua sabedoria como loucura. Deus não designou homem algum para proferir juízos sobre Sua Palavra, escolhendo umas coisas como inspiradas e desacreditando outras como não inspiradas. Os testemunhos têm sido tratados da mesma maneira; mas Deus não está nisto. -- Carta 22, 1889. ------------------------Capítulo 2 -- Ellen G. White e seus escritos Uma carta ao Dr. Paulson ME1 24 0 Santa Helena, Califórnia, 14 de Junho de 1906 ME1 24 1 Prezado Irmão: Recebi sua carta enquanto me achava no sul da Califórnia. A consideração dos negócios relacionados com o desenvolvimento da obra de nosso hospital aí, e o escrever as visões que me foram dadas relativamente ao terremoto e suas lições, tomaram-me o tempo e as energias. ME1 24 2 Agora, porém, preciso responder às cartas recebidas de vós e de outros. Falais em vossa carta de vossa primeira educação de molde a ter fé implícita nos testemunhos, e dizeis: "Fui levado a concluir e a crer mui firmemente que toda palavra que já proferistes em público ou em particular, que toda carta que escrevesses sob quaisquer e todas as circunstâncias, eram tão inspiradas como os Dez Mandamentos." ME1 24 3 Meu irmão, tendes estudado diligentemente meus escritos, e nunca encontrastes quaisquer reivindicações dessas de minha parte, nem achareis que os pioneiros de nossa causa as fizessem. ME1 24 4 Em minha introdução ao Conflito dos Séculos, lestes sem dúvida minha declaração quanto aos Dez Mandamentos e a Bíblia, a qual vos deveria haver ajudado à correta compreensão do assunto em consideração. Eis a declaração: ME1 25 1 "A Bíblia aponta a Deus como seu autor; no entanto, foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta as características dos diversos escritores. As verdades reveladas são todas dadas por inspiração de Deus (2 Timóteo 3:16); acham-se, contudo, expressas em palavras de homens. O Ser infinito, por meio de Seu Santo Espírito derramou luz na mente e no coração de Seus servos. Deu sonhos e visões, símbolos e figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim revelada, corporificaram, eles próprios, o pensamento em linguagem humana. ME1 25 2 "Os Dez Mandamentos foram proferidos pelo próprio Deus, e escritos por Sua própria mão. São de composição divina e não humana. Mas a Bíblia, com suas verdades dadas por Deus expressas na linguagem dos homens, apresenta uma união do divino com o humano. Tal união existia na natureza de Cristo, que era o Filho de Deus e o Filho do homem. Assim, é verdade quanto à Bíblia, como acerca de Cristo, que 'o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós'. João 1:14. ME1 25 3 "Escritos em diferentes séculos, por homens que diferiam largamente em posições e em ocupação, bem como nos dotes mentais e espirituais, os livros da Bíblia apresentam vasto contraste no estilo, assim como diversidade quanto à natureza dos assuntos desenvolvidos. Formas diferentes de expressão foram empregadas pelos vários escritores; muitas vezes a mesma verdade é apresentada de maneira mais impressionante por um que por outro. E ao apresentarem vários escritores um assunto sob diversos aspectos e relações, poderá talvez parecer ao leitor superficial, descuidoso ou possuído de preconceitos, ser discrepância ou contradição, aquilo em que o estudioso refletido, reverente, de mais clara visão, discerne o fundamento harmônico. ME1 25 4 "Ao ser apresentada por diferentes pessoas, a verdade é exposta em seus vários aspectos. Um escritor é mais fortemente impressionado com uma faceta do assunto; ele apanha os pontos que se harmonizam com sua experiência ou com sua capacidade de percepção e apreciação; outro apodera-se de um aspecto diverso; e cada um, sob a guia do Espírito Santo, apresenta o que é mais fortemente impresso em sua mente -- um diverso ângulo da verdade em cada um, mas uma harmonia perfeita por meio de todos. E as verdades assim reveladas unem-se para formar o todo perfeito, adaptado à satisfação das necessidades dos homens em todas as circunstâncias e experiências da vida. ME1 26 1 "Deus foi servido de comunicar Sua verdade ao mundo mediante instrumentos humanos, e Ele próprio, por Seu Santo Espírito, habilitou e autorizou homens a fazerem Sua obra. Ele guiou a mente na escolha do que dizer e do que escrever. O tesouro foi confiado a vasos de barro, todavia não é por isso menos do Céu. O testemunho é transmitido mediante a imperfeita expressão da linguagem humana, e não obstante é o testemunho de Deus; e o obediente, crente filho de Deus nele contempla a glória do poder divino, cheio de graça e de verdade." A integridade dos Testemunhos ME1 26 2 Acham-se em perfeita harmonia com isto minhas declarações encontradas no artigo "Os Testemunhos Menosprezados", escrito a 20 de Junho de 1882, publicado em Testemunhos para a Igreja 5:62-84. Cito daí vários parágrafos para vossa consideração: ME1 26 3 "Muitos estão atentando complacentemente para os longos anos durante os quais têm advogado a verdade. Sentem achar-se agora com direito a uma recompensa por suas passadas provações e obediência. Esta genuína experiência nas coisas de Deus, no passado, porém, torna-os mais culpados diante dEle por não conservarem sua integridade e não avançarem rumo à perfeição. A fidelidade dos anos passados jamais expiará a negligência do ano atual. A fidelidade de um homem ontem não lhe expiará a falsidade de hoje. ME1 26 4 "Muitos desculparam seu menosprezo dos testemunhos, dizendo: 'A irmã White é influenciada por seu marido; os testemunhos são moldados pelo espírito e o juízo dele.' Outros estavam à procura de obter de mim algo que eles pudessem interpretar de modo a justificar sua conduta ou conseguir influência. Foi então que decidi que não sairia mais coisa alguma de minha pena enquanto o poder convertedor de Deus não se manifestasse na Igreja. Mas o Senhor pôs em minha alma a responsabilidade. Trabalhei por vós fervorosamente. Quanto custou isso tanto a meu marido como a mim, di-lo-á a eternidade. Não tenho eu conhecimento do estado da Igreja, quando o Senhor me tem repetidamente apresentado seus casos durante anos? Repetidas advertências têm sido dadas, no entanto não tem havido nenhuma decidida mudança... ME1 27 1 "Não obstante, quando vos mando um testemunho de advertência e reprovação muitos de vós declarais ser simplesmente a opinião da irmã White. Tendes assim insultado o Espírito de Deus. Sabeis como o Senhor Se tem manifestado por meio do Espírito de Profecia. O passado, o presente e o futuro têm passado perante mim. Têm-se-me mostrado rostos que nunca vira, e anos depois os reconheci ao vê-los. Tenho-me despertado do sono com um vivo sentimento de assuntos anteriormente apresentados a meu espírito, e escrito, à meia-noite, cartas que atravessaram o continente e, chegando em uma crise, pouparam à causa de Deus grande revés. Essa tem sido minha obra por muitos anos. Um poder tem-me impelido a reprovar e censurar erros em que eu não pensara. É esta obra, dos últimos trinta e seis anos, de cima ou de baixo? ... ME1 27 2 "Quando fui ao Colorado me achava tão preocupada por vós que, em minha fraqueza, escrevi muitas páginas para serem lidas na reunião campal . Fraca e tremente, ergui-me às três horas da madrugada para vos escrever. Deus falava por intermédio da argila. Poderíeis dizer que esta comunicação era apenas uma carta. Sim, era uma carta, mas sugerida pelo Espírito de Deus, para trazer perante vosso espírito coisas que me haviam sido mostradas. Nessas cartas que escrevi, nos testemunhos de que sou portadora, apresento-vos aquilo que o Senhor me tem apresentado a mim. Não escrevo nem um artigo expressando meramente minhas próprias idéias. Eles são o que Deus me expôs em visão -- os preciosos raios de luz que brilham do trono. ... ME1 27 3 "Que voz reconhecereis como sendo a voz de Deus? Que poder tem o Senhor em reserva para corrigir vossos erros e mostrar-vos a direção que seguis tal como é? Que poder para operar na Igreja? Se vos recusais a crer enquanto não for removida toda sombra de incerteza e toda possibilidade de dúvida, jamais crereis. A dúvida que requer perfeito conhecimento jamais cederá à fé. A fé repousa na evidência, não na demonstração. O Senhor requer que obedeçamos à voz do dever, quando há outras vozes em torno de nós estimulando-nos a seguir uma direção oposta. Demanda sincera atenção de nossa parte distinguir a voz que provém de Deus. Precisamos resistir à inclinação e vencê-la, e obedecer à voz da consciência sem discutir nem transigir, para que suas inspirações não cessem, e sejamos dominados pela inclinação e o impulso. ME1 28 1 "A palavra do Senhor vem a todos nós que não resistimos a Seu Espírito mediante determinação de não ouvir nem obedecer. Esta voz é ouvida em advertências, em conselhos, em reprovações. É a mensagem de luz do Senhor a Seu povo. Se esperarmos por mais altos chamados ou melhores oportunidades, a luz poderá ser retirada, e nós deixados em trevas. ... ME1 28 2 "Dói-me dizer, meus irmãos, que vossa pecaminosa negligência de andar na luz vos tem circundado de trevas. Talvez sejais agora sinceros em não reconhecer e obedecer à luz; as dúvidas que tendes entretido, vossa negligência em dar ouvidos às reivindicações de Deus, têm-vos cegado a percepção, de maneira que a treva é agora para nós luz, e a luz é treva. Deus vos tem ordenado que vades avante à perfeição. O cristianismo é uma religião de progresso. A luz de Deus é plena e ampla, aguardando nosso pedido. Sejam quais forem as bênçãos que o Senhor dê, Ele possui ainda infinita provisão, inesgotável reserva, da qual podemos sacar. O ceticismo poderá tratar as sagradas reivindicações do evangelho com gracejos, zombarias e negações. O espírito de mundanismo pode contaminar a muitos e dominar a poucos; a causa de Deus só pode manter o terreno mediante grande esforço e contínuo sacrifício; todavia ela triunfará afinal. ME1 28 3 "A palavra é: Avante; desempenhai-vos de vosso dever individual, e deixai todas as conseqüências nas mãos de Deus. Caso avancemos segundo a direção de Jesus, veremos Seu triunfo, partilharemos de Sua glória. Precisamos partilhar os conflitos se havemos de cingir a coroa da vitória. Como Jesus, precisamos ser aperfeiçoados mediante o sofrimento. Houvesse a vida de Cristo sido uma vida cômoda, poderíamos com segurança entregar-nos à indolência. Uma vez que Sua vida foi assinalada por contínua abnegação, sofrimento e sacrifício, não nos queixaremos se com Ele os partilharmos. Podemos andar com segurança na mais escura senda, caso tenhamos a Luz do mundo por nosso guia. ... ME1 29 1 "Quando o Senhor me apresentou pela última vez o vosso caso, e deu-me a conhecer que não havíeis atendido à luz que vos fora dada, foi-me mandado falar-vos claramente em Seu nome, pois Sua ira se acendera contra vós. Estas palavras me foram ditas: 'Tua obra te é indicada por Deus. Muitos não te darão ouvidos, pois se recusaram a ouvir ao grande Mestre; muitos não são corrigidos, pois seus caminhos são retos a seus próprios olhos. Todavia leva-lhes as reprovações e advertências que te darei, quer as ouçam quer deixem de ouvir.'" ME1 29 2 Em ligação com essas citações, estudai outra vez o artigo "A Natureza e Influência dos Testemunhos", em Testemunhos para a Igreja 5:654-691. ME1 29 3 A declaração que citais do Testemunho 3 [Testemunhos para a Igreja 5:67] é correta: "Nestas cartas que escrevo, nos testemunhos que dou, estou vos apresentando aquilo que o Senhor me tem apresentado. Não escrevo nenhum artigo, expressando meramente minhas próprias idéias. Eles são o que Deus me tem exposto em visão -- os preciosos raios de luz brilhando do trono." Isto é verdade quanto aos artigos de nossas revistas e aos muitos volumes de meus livros. Tenho sido instruída em harmonia com a Palavra nos preceitos da lei de Deus. Tenho sido instruída em escolher das lições de Cristo. Não são as atitudes tomadas em meus escritos em harmonia com os ensinos de Jesus Cristo? Perigo de conceitos enganadores ME1 29 4 A algumas das perguntas que me fizestes, não devo responder Sim ou Não. Não devo fazer declarações que possam ser mal interpretadas. Vejo e sinto o perigo dos que, fui instruída, estão pondo em risco sua alma por vezes ouvindo enganadores conceitos relativamente às mensagens que Deus me tem dado. Mediante muito torcer, muitas interpretações e falsos raciocínios quanto ao que escrevi, procuram reivindicar sua incredulidade pessoal. Sinto por meus irmãos que têm estado a andar na cerração da suspeita e do ceticismo e falso raciocínio. Sei que alguns deles seriam abençoados por mensagens de conselhos se as nuvens que lhes obscurecem a visão espiritual pudessem ser repelidas, e eles vissem direito. Eles, porém, não vêem claramente. Portanto, não ouso comunicar-me com eles. Quando o Espírito de Deus dissipar o misticismo, achar-se-á justamente tão completo conforto e fé e esperança nas mensagens que fui instruída a dar, como nelas foram encontrados em anos passados. ME1 30 1 A verdade há de seguramente ganhar a vitória. Aquele que deu a vida para resgatar o homem dos enganos de Satanás, não dorme; vela. Quando Suas ovelhas voltarem de seguir a voz do estranho, de quem não são ovelhas, regozijar-se-ão na voz que eles gostavam de seguir. ME1 30 2 Podemos aprender lições preciosas do estudo da vida de Cristo. Os invejosos fariseus interpretavam mal os atos e as palavras de Cristo, que, caso fossem devidamente recebidos, haveriam sido benéficos a sua compreensão espiritual. Em vez de Lhe admirarem a bondade, acusavam-no, em presença de Seus discípulos, impiamente -- "por que come o vosso Mestre com os publicamos e pecadores?" Mateus 9:11. Em vez de se dirigirem a nosso bendito Salvador mesmo, cuja resposta os haveria convencido imediatamente de sua malícia, falavam com os discípulos, e faziam suas acusações onde, qual fermento do mal, ocasionariam grande dano. Houvesse Cristo sido um ímpio, perderia o domínio no coração de Seus confiantes seguidores. Devido, porém, à confiança que tinham nEle, os discípulos não davam ouvidos às insinuações dos maliciosos acusadores. ME1 30 3 Desejando levar censura aos discípulos, esses acusadores maldosos iam repetidamente a Cristo com a pergunta: Por que fazem Teus discípulos aquilo que não é lícito fazer? E quando julgavam que nosso Senhor havia transgredido, falavam, não com Ele mesmo, mas com os discípulos, de modo a plantarem as sementes da incredulidade no coração de Seus seguidores. ME1 31 1 Assim trabalhavam eles para introduzir dúvidas e dissensão. Era tentado todo método para levar a dúvida ao coração do pequeno rebanho, no intuito de fazer com que eles estivessem atentos a qualquer coisa que neutralizasse a boa e benigna obra do evangelho de Jesus Cristo. ME1 31 2 Trabalho dessa mesma espécie será trazido a exercer influência sobre os verdadeiros crentes hoje. O Senhor Jesus lê o coração; discerne os interesses e os desígnios dos pensamentos de todos os homens quanto a Ele e a Seus crentes discípulos. Responde-lhes aos pensamentos referentes aos críticos: "Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes." Mateus 9:12. Os insolentes fariseus tinham exaltada idéia da própria piedade e santidade, ao passo que eram prontos a censurar a vida dos outros. -- Carta 206, 1906. A mensageira do Senhor ME1 31 3 A noite passada, em visão, eu me achava diante de uma assembléia de nosso povo, dando decidido testemunho quanto à verdade presente e ao dever atual. Depois do discurso, muitos se reuniram ao redor de mim, fazendo perguntas. Desejavam tantas explicações acerca deste ponto, e daquele outro, e outro ainda, que eu disse: "Um de cada vez, por favor, para que não me confundam." ME1 31 4 E apelei então a eles, dizendo: "Tendes tido por anos muitas evidências de que o Senhor me deu uma obra a fazer. Essas evidências dificilmente poderiam ser maiores do que são. Varreríeis todas essas evidências como a uma teia de aranha, à sugestão da incredulidade de um homem? O que me punge o coração é que muitos dos que se acham agora perplexos e tentados são aqueles que tiveram abundância de sinais e oportunidades de considerar e orar e compreender; e todavia não discernem a natureza dos sofismas apresentados para influenciá-los a rejeitar as advertências dadas por Deus para salvá-los dos enganos destes últimos dias." ME1 31 5 Alguns tropeçaram no fato de haver eu dito que não reivindico ser profetisa; e têm perguntado: Por que é isto? ME1 32 1 Não tenho tido reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que sou a Mensageira do Senhor, de que Ele me chamou em minha mocidade para ser Sua mensageira, para receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem em nome do Senhor Jesus. ME1 32 2 Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma profetisa? Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse título. Meu Salvador declarou-me ser eu Sua mensageira. "Teu trabalho", instruiu-me Ele, "é levar Minha palavra. Coisas estranhas surgirão, e em tua mocidade te separei para levar a mensagem aos errantes, levar a Palavra ante os incrédulos, e pela pena e pela voz reprovar pela Palavra ações que não são direitas. Exorta pela Palavra. Expor-te-ei Minha Palavra. Ela não será como língua estranha. Na verdadeira eloqüência da simplicidade, pela voz e pela pena, as mensagens que dou serão ouvidas, vindas de uma pessoa que nunca aprendeu nas escolas. Meu Espírito e Meu poder serão contigo. ME1 32 3 "Não tenhas medo do homem, pois Meu escudo te protegerá. Não és tu que falas: é o Senhor que dá as mensagens de advertência e reprovação. Nunca te desvies da verdade sob quaisquer circunstâncias. Comunica a luz que Eu te der. As mensagens para estes últimos dias serão escritas em livros, e ficarão imortalizadas, para testificar contra os que uma vez se regozijaram na luz, mas que foram levados a abandoná-la por causa das sedutoras influências do mal." ME1 32 4 Por que não tenho eu reivindicado ser profetisa? -- Porque nestes dias muitos que ousadamente pretendem ser profetas são um opróbrio à causa de Cristo; e porque meu trabalho inclui muito mais do que a palavra "profeta" significa. ME1 32 5 Ao ser-me esta obra dada no princípio, roguei ao Senhor que pusesse a responsabilidade sobre outra pessoa. A obra era tão grande e vasta e profunda que eu temia não a poder realizar. Mas por Seu Santo Espírito o Senhor tem-me habilitado a efetuar a obra que me deu a fazer. Uma obra de muitos aspectos ME1 33 1 Deus me tornou claras as várias maneiras por que me usaria para levar avante uma obra especial. Têm-me sido dadas visões, com a promessa: "Se comunicares fielmente as mensagens e resistires até ao fim, comerás do fruto da árvore da vida, e beberás da água do rio da vida." ME1 33 2 O Senhor me deu grande esclarecimento quanto à reforma da saúde. Juntamente com meu marido, eu devia ser uma obreira médico-missionária. Devia dar exemplo à igreja tomando doentes em minha casa e cuidando deles. Isto tenho feito, aplicando nas mulheres e nas crianças vigorosos tratamentos. Eu devia também falar sobre o assunto da temperança cristã, como a indicada mensageira do Senhor. Empenhei-me de coração nessa obra, e falei a grandes assembléias acerca da temperança em seu mais vasto e mais verdadeiro sentido. ME1 33 3 Fui instruída de que precisava sempre insistir com os que professam crer na verdade quanto à necessidade de praticá-la. Isto significa santificação, e santificação significa a cultura e o exercício de toda faculdade para o serviço do Senhor. ME1 33 4 Recebi o encargo de não negligenciar ou passar por alto os que estivessem sendo tratados com injustiça. Foi-me especialmente recomendado protestar contra qualquer ação arbitrária ou despótica para com os ministros do evangelho por parte dos que tivessem autoridade oficial . Desagradável como possa ser o dever, devo reprovar o opressor, e pleitear justiça. Devo apresentar a necessidade de manter justiça e eqüidade em todas as nossas instituições. ME1 33 5 Se eu vir os que se encontram em posições de confiança negligenciando os pastores idosos, cumpre-me apresentar o assunto àqueles cujo dever é deles cuidar. Pastores que fizeram fielmente sua obra não devem ser esquecidos ou negligenciados ao se tornarem débeis na saúde. Nossas associações não devem menosprezar as necessidades dos que levaram os encargos da obra. Foi depois de João haver envelhecido no serviço do Senhor que foi exilado para Patmos. E naquela ilha solitária recebeu ele mais comunicações do Céu do que havia recebido durante toda a sua vida anterior. ME1 34 1 Depois de meu casamento fui instruída de que me cumpria mostrar especial interesse nas crianças sem mãe e sem pai, tomando alguns sob meu cuidado por algum tempo, e procurando depois lares para elas. Assim daria eu a outros um exemplo do que eles poderiam fazer. ME1 34 2 Se bem que chamada a viajar muitas vezes, e tendo muito a escrever, tomei crianças de três a cinco anos de idade, e delas cuidei, eduquei e preparei-as para posições de responsabilidade. Tenho recolhido em casa de tempos a tempos meninos de dez a dezesseis anos, dispensando-lhes cuidado maternal e um preparo para o serviço. Tenho sentido ser meu dever apresentar a nosso povo essa obra para com a qual os membros de toda igreja devem sentir responsabilidade. ME1 34 3 Enquanto me achava na Austrália levei avante esse mesmo ramo de trabalho, tomando em casa crianças órfãs em perigo de ficarem expostas a tentações que poderiam ocasionar a perdição de sua alma. ME1 34 4 Na Austrália, trabalhamos também como médico-missionários cristãos. Tornei por vezes, nosso lar em Cooranbong, um asilo para doentes e aflitos. Minha secretária, que recebera preparo no Sanatório de Battle Creek, achava-se ao meu lado, e fazia o trabalho de uma enfermeira-missionária. Nada era cobrado por seus serviços, e granjeamos a confiança do povo pelo interesse que manifestávamos nos doentes sofredores. Depois fomos aliviadas desse encargo. Nenhuma reivindicação arrogante ME1 34 5 Reivindicar ser profetisa, é uma coisa que nunca fiz. Se outros me chamam assim, não discuto com eles. Mas minha obra tem abrangido tantos ramos que não me posso chamar outra coisa senão mensageira, enviada a apresentar uma mensagem do Senhor a Seu povo, e a empreender trabalho em qualquer sentido que Ele me indique. ME1 35 1 Quando estive a última vez em Battle Creek, disse, perante uma grande congregação que não reivindicava o ser profetisa. Referi-me duas vezes a este assunto, tencionando a cada vez fazer a declaração: "Não reivindico ser profetisa." Se falei de outra maneira que não essa, compreendam agora todos que o que eu tinha em mente dizer era que eu não reclamo o título de profeta ou profetisa. ME1 35 2 Compreendi que alguns estavam ansiosos de saber se a Sra. White mantinha os mesmos pontos de vista de anos atrás, quando a haviam ouvido falar no bosque do hospital, no Tabernáculo e nas reuniões campais realizadas nos subúrbios de Battle Creek. Assegurei-lhes que a mensagem que ela apresenta hoje é a mesma que tem apresentado durante os sessenta anos de seu ministério público. Ela tem a fazer para o Mestre o mesmo serviço que sobre ela foi posto em sua juventude. Recebe lições do mesmo Instrutor. As instruções a ela dadas, são: "Dá a conhecer a outros o que te tenho revelado. Escreve as mensagens que te dou, para que o povo as tenha." Isto é o que ela tem-se esforçado por fazer. ME1 35 3 Tenho escrito muitos livros, e tem-lhes sido dada ampla circulação. De mim mesma eu não poderia haver salientado a verdade contida nesses livros, mas o Senhor tem-me dado o auxílio de Seu Santo Espírito. Esses livros, transmitindo as instruções a mim dadas pelo Senhor durante os sessenta anos passados, contêm esclarecimentos do Céu, e resistirão à prova da investigação. ME1 35 4 Na idade de setenta e oito anos, estou ainda lidando. Estamos todos nas mãos do Senhor. Confio nEle; pois sei que Ele nunca deixará nem abandonará os que nele põem a confiança. Tenho-me entregue a Sua guarda. ME1 35 5 "E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério." 1 Timóteo 1:12. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1906. A obra de uma profetisa e mais ME1 35 6 Durante o discurso eu disse que não reclamava ser profetisa. Alguns ficaram surpreendidos ante esta declaração, e como tanto se está falando sobre isto, darei uma explicação. Outros me têm chamado profetisa, eu, porém, nunca me atribuí esse título. Não tenho sentido que fosse meu dever designar-me assim. Os que se arrogam ousadamente serem profetas nesses nossos dias são muitas vezes uma ofensa à causa de Cristo. ME1 36 1 Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo. -- Carta 55, 1905. ME1 36 2 Sou agora instruída de que não devo ser estorvada em meu trabalho pelos que se empenham em suposições acerca de sua natureza, cuja mente está lutando com tantos problemas intrincados em relação com a suposta obra de um profeta. Minha comissão abrange a obra de um profeta, mas não finda aí. Compreende muito mais do que pode entender a mente dos que têm estado a semear as sementes da incredulidade. -- Carta 244, 1906. Recebendo e comunicando a luz ME1 36 3 Como sejam freqüentemente feitas indagações quanto ao meu estado em visão, e depois de sair dela, desejo dizer que, quando o Senhor acha por bem dar uma visão, sou levada à presença de Jesus e dos anjos, e fico inteiramente fora das coisas terrenas. Não posso ver além daquilo a que o anjo me dirige. Minha atenção é muitas vezes encaminhada a cenas a acontecerem sobre a Terra. ME1 36 4 Sou por vezes levada muito adiante, no futuro, e é-me mostrado o que há de acontecer. De outras, são-me mostradas coisas como ocorreram no passado. Depois que saio da visão, não me recordo imediatamente de tudo o que vi, e o assunto não me é tão claro até que eu escrevo; então a cena surge diante de mim como me foi apresentada em visão, e eu posso escrever com liberdade. Certas ocasiões aquilo que vi me é oculto depois que saio da visão, e não o posso evocar até que me encontro perante um grupo de pessoas no lugar a que se aplica a visão; então as coisas que vi me vêm com força à mente. Sou tão dependente do Espírito do Senhor ao relatar ou escrever uma visão, como ao ter essa visão. É-me impossível evocar o que me foi mostrado a menos que o Senhor mo traga diante de mim ao tempo que é de Seu agrado que eu o relate ou escreva. -- Spiritual Gifts 2:292-293. ME1 37 1 Se bem que eu dependa tanto do Espírito do Senhor para escrever minhas visões como para recebê-las, todavia as palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas, a menos que sejam as que me foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas. -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1867. ME1 37 2 Pergunta-se: Como a irmã White sabe dos assuntos de que fala tão decididamente, como se ela tivesse autoridade de dizer essas coisas? Assim falo porque elas me ocorrem subitamente ao espírito, quando em perplexidade, como o relâmpago sai das nuvens na fúria da tempestade. Algumas cenas a mim apresentadas anos antes, não foram retidas na memória, mas quando as instruções então dadas são necessárias, por vezes mesmo quando me encontro diante do povo, a lembrança vem-me viva e clara, como um jato de luz, trazendo-me nítidas à mente aquelas determinadas instruções. Em tais ocasiões não posso deixar de dizer as coisas que me ocorrem de súbito, não porque eu tenha tido nova visão, mas porque aquilo que me fora apresentado talvez há anos foi-me trazido vigorosamente à memória. -- The Writing and Sending Out of the Testimonies to the Church, 24. Nenhuma pretensão à infalibilidade ME1 37 3 Temos muitas lições a aprender, e muitas, muitas a desaprender. Unicamente Deus e o Céu são infalíveis. Os que pensam que nunca terão de desistir de um ponto de vista acariciado, nunca ter ocasião de mudar de opinião, serão decepcionados. Enquanto nos apegarmos às próprias idéias e opiniões com determinada persistência, não podemos ter a unidade pela qual Cristo orou. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1892. ME1 37 4 Com relação à infalibilidade, nunca a pretendi; unicamente Deus é infalível. Sua palavra é a verdade, e não há nEle mudança ou sombra de variação. -- Carta 10, 1895. O sagrado e o comum ME1 38 0 Sanatório, Califórnia, 5 de Março de 1909 ME1 38 1 Estou preocupada com o irmão A, que por alguns anos foi obreiro no sul da Califórnia. Ele fez algumas declarações estranhas, e sinto-me entristecida por vê-lo negando os testemunhos como um todo pelo que se lhe afigura uma incoerência -- uma declaração feita por mim com relação ao número de quartos no Sanatório Vale do Paraíso. Diz o irmão A que em uma carta escrita a um dos irmãos no sul da Califórnia, fora feita por mim a declaração de que o hospital tinha quarenta quartos, quando em verdade havia apenas trinta e oito. Isto o irmão A me apresenta como razão por que ele perdeu a confiança nos testemunhos. ... ME1 38 2 A informação quanto ao número de quartos no Sanatório Vale do Paraíso foi dada, não como uma revelação vinda do Senhor, mas simplesmente como uma opinião humana. Nunca me foi revelado o número exato dos quartos de qualquer de nossos hospitais; e o conhecimento que tenho obtido dessas coisas, tive indagando dos que se esperava que soubessem. Em minhas palavras, quando falando acerca desses assuntos comuns, não há nada que leve os espíritos a crer que recebo meu conhecimento em visão do Senhor e o estou declarando como tal. ... ME1 38 3 Quando o Espírito Santo revela alguma coisa relativamente às instituições relacionadas com a obra do Senhor, ou referente à obra de Deus no coração e espírito humano, como Ele tem revelado essas coisas por meu intermédio no passado, a mensagem dada deve ser considerada como esclarecimento vindo de Deus para aqueles que o necessitam. Misturar, porém, o sagrado com o comum, é um grande erro. Podemos ver na tendência para isso a operação do inimigo para destruir as almas. ME1 38 4 A toda alma criada por Deus, deu Ele aptidões para servi-Lo, mas Satanás procura tornar árdua esta obra de serviço por sua constante tentação para desviar almas. Ele trabalha para enfraquecer as percepções espirituais para que os homens não distingam entre o que é profano e o que é santo. Fui levada a fazer essa distinção através do serviço de uma vida para meu Senhor e Mestre. ... ME1 39 1 Veio a mim a mensagem: Consagra-te à mais elevada obra que já foi confiada a mortais. Dar-te-ei altas aspirações e faculdades e um genuíno senso da obra de Cristo. Não te pertences a ti mesma, pois és comprada por preço, pela vida e morte do Filho de Deus. Deus pede o coração e o serviço de teu filho, sob a santificação do Espírito Santo. ME1 39 2 Entreguei-me, todo o meu ser, a Deus, para obedecer a Seu chamado em tudo, e desde aquele tempo minha vida tem sido gasta em dar a mensagem, com a pena e falando perante grandes congregações. Não sou eu que controlo minhas palavras e ações em ocasiões assim. ME1 39 3 Há vezes, porém, em que devem ser declaradas coisas comuns, pensamentos comuns precisam ocupar a mente, cartas comuns precisam ser escritas e informações dadas, as quais passaram de um a outro dos obreiros. Tais palavras, tais informações, não são dadas sob a inspiração especial do Espírito de Deus. São por vezes feitas perguntas que não dizem respeito absolutamente a assuntos religiosos, e estas perguntas precisam ser respondidas. Conversamos acerca de casas e terras, negócios a serem feitos, locais para nossas instituições, suas vantagens e desvantagens. ME1 39 4 Recebo cartas solicitando conselhos acerca de assuntos estranhos, e aconselho segundo a luz que me tem sido comunicada. Homens se têm repetidamente oposto ao conselho que fui instruída a dar porque não quiseram receber a luz comunicada, e tais experiências me têm feito buscar mui fervorosamente ao Senhor. -- Manuscrito 107, 1909. ------------------------Capítulo 3 -- Atitudes para com os Testemunhos Uma antiga declaração ME1 40 1 Vi o estado de alguns que estavam na verdade presente, mas menosprezavam as visões -- o meio escolhido por Deus para ensinar em alguns casos, os que se desviavam da verdade bíblica. Vi que batendo contra as visões eles não batiam contra o verme -- o débil instrumento pelo qual Deus falava -- mas contra o Espírito Santo. Vi que era pequena coisa falar contra o instrumento, mas que era perigoso menosprezar as palavras de Deus. Vi que se eles estavam em erro e Deus preferia mostrar-lhes seus erros mediante visões, e eles desconsideravam os ensinos de Deus por intermédio delas, seriam deixados a seguir sua própria direção, e correr no caminho do erro, e pensar que estavam direitos, até que o verificassem quando fosse tarde demais. Então, no tempo de angústia ouvi-os clamar a Deus em agonia. "Por que não nos mostraste nosso erro, para que nos pudéssemos haver endireitado e estar preparados para este tempo?" Então um anjo apontou para eles, e disse: "Meu Pai ensinou, mas não quisestes ser ensinados. Falou mediante visões, mas menosprezastes Sua voz, e Ele vos abandonou aos vossos próprios caminhos, para vos saciardes de vossos próprios feitos." -- To Those who are receiving the seal of the living God, 31 de Janeiro de 1849. Instruções confiáveis para os últimos dias ME1 41 1 Profusão de influência moral nos tem sido trazida na última metade do século. Por meio de Seu Santo Espírito a voz de Deus nos tem vindo continuamente em advertências e instruções, para confirmar a fé dos crentes no Espírito de Profecia. Tem vindo repetidamente a ordem: Escreve as coisas que te tenho dado para confirmar a fé de Meu povo na atitude que eles tomaram. O tempo e a provação não anularam as instruções dadas, mas através de anos de sofrimento e sacrifício têm estabelecido a verdade do testemunho comunicado. As instruções dadas nos primeiros tempos da mensagem, devem ser conservadas como instruções dignas de confiança para se seguirem nesses seus dias finais. Os que são indiferentes a esta luz e instrução não precisam esperar escapar aos laços que, temos sido claramente avisados, hão de fazer com que os rejeitadores da luz tropecem e caiam, e sejam enlaçados, e presos. Caso estudemos cuidadosamente o segundo capítulo de Hebreus, saberemos quão importante é que nos apeguemos firmemente a todo princípio da verdade que tem sido dado. -- The Review and Herald, 18 de Julho de 1907. Várias atitudes enumeradas ME1 41 2 Em breve serão feitos todos os esforços possíveis para desmerecer e perverter a verdade dos testemunhos do Espírito de Deus. Precisamos ter de prontidão as mensagens claras, exatas que têm vindo desde 1846 ao Seu povo. ME1 41 3 Haverá pessoas que outrora se uniram conosco na fé, as quais buscarão doutrinas novas e estranhas, qualquer coisa singular e sensacional para apresentar ao povo. Eles introduzirão todos os enganos concebíveis, e apresentá-los-ão como vindos da Sra. White, para que possam iludir as almas. ... ME1 41 4 Os que têm tratado os esclarecimentos dados pelo Senhor como coisas comuns, não serão beneficiados pelas instruções apresentadas. ME1 41 5 Haverá pessoas que interpretarão mal as mensagens dadas por Deus, segundo sua própria cegueira espiritual. ME1 41 6 Alguns desistirão da fé, e negarão a verdade das mensagens, apontando-as como falsidades. ME1 42 1 Alguns as apontarão ao ridículo, trabalhando contra a luz que Deus tem estado a comunicar por anos, e alguns que são fracos na fé serão assim transviados. ME1 42 2 Outros, porém, receberão grande auxílio das mensagens. Conquanto não lhes sejam individualmente dirigidas, receberão as correções, e serão levados a fugir dos males aí especificados. ... O Espírito do Senhor estará nas instruções, e as dúvidas existentes em muitos espíritos serão banidas. Os próprios testemunhos serão a chave que explicará as mensagens dadas, como texto escriturístico é explicado por texto escriturístico. Muitos lerão com ansiedade as mensagens que reprovam o erro, para que aprendam o que hajam de fazer para serem salvos. ... A luz raiará no entendimento, e o Espírito impressionará a mente, à medida que a verdade bíblica é clara e singelamente apresentada nas mensagens que Deus tem estado a mandar a Seu povo desde 1846. Essas mensagens devem encontrar seu lugar nos corações, e operar-se-ão transformações. -- Carta 73, 1903. Perigos de dissecar mensagens inspiradas ME1 42 3 Alguns sentam-se a julgar as Escrituras, declarando que esta ou aquela passagem não é inspirada, pelo fato de ela não impressionar favoravelmente seu espírito. Eles não as podem harmonizar com suas idéias de filosofia e ciência, "falsamente chamada". 1 Timóteo 6:20. Outros por motivos diversos põem em dúvida porções da Palavra de Deus. Assim muitos andam cegamente por onde o inimigo prepara o caminho. Ora, não é da alçada de homem algum proferir sentença sobre as Escrituras, julgar ou condenar qualquer porção da Palavra de Deus. Quando alguém se atreve a fazer isto, Satanás criará para ele respirar uma atmosfera que lhe tolherá o desenvolvimento espiritual. Quando um homem se sente tão sábio que ousa dissecar a Palavra de Deus, sua sabedoria, para com Deus, é considerada loucura. Quando ele souber mais, reconhecerá que tem tudo a aprender. E sua primeira lição é tornar-se dócil. "Aprendei de Mim", diz o grande Mestre, "que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. ME1 42 4 Vós que vos tendes estado a educar a vós mesmos e aos outros no espírito de crítica e acusação, lembrai-vos de que estais imitando o exemplo de Satanás. Quando serve ao vosso desígnio, tratais os Testemunhos como se neles crêsseis, citando trechos deles para reforçar qualquer declaração em que desejais prevalecer. Como é, porém, quando o esclarecimento é dado para corrigir-vos os erros? Aceitais a luz? Quando os Testemunhos falam contrariamente às vossas idéias, então os tratais com desprezo. ME1 43 1 Não fica bem a pessoa alguma soltar uma palavra de dúvida aqui e ali, a qual opere como veneno em outros espíritos, abalando-lhes a confiança nas mensagens que Deus tem dado, as quais têm ajudado a pôr o fundamento desta obra, e a tem assistido até ao presente, com reprovações, advertências, correções, e encorajamentos. A todos quantos se têm colocado no caminho dos Testemunhos, eu quero dizer: Deus deu uma mensagem a Seu povo, e Sua voz será ouvida, quer ouçais, quer não. Vossa oposição não me tem causado dano; vós, porém, tendes de prestar contas ao Deus do Céu, que tem enviado essas advertências e instruções para guardar Seu povo no caminho certo. Tereis de responder-Lhe, a Ele, por vossa cegueira, por serdes uma pedra de tropeço no caminho dos pecadores. ME1 43 2 "À lei e ao Testemunho: se não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20 (VT). A própria obra do Espírito Santo no coração deve ser provada pela Palavra de Deus. O Espírito que inspirou as Escrituras, leva sempre às Escrituras. -- General Conference Daily Bulletin, 13 de Abril de 1891. Mensagens inspiradas mal aplicadas ME1 43 3 Um homem, por nome B, veio todo o caminho de Michigan com uma mensagem especial para a irmã White. Disse que a irmã White fora designada por Deus para tomar o lugar ocupado por Moisés, e que ele, B, devia ocupar a posição de Josué. Assim a obra devia ser levada avante. A obra da irmã White devia ser ligada a sua obra, e devíamos proclamar a verdade com poder. ME1 43 4 Esse homem tomou a liberdade, como muitos outros têm feito, de misturar grande porção das Escrituras com sua mensagem, citando passagens que aplicava aos adventistas do sétimo dia. Durante minha ligação com a obra têm-se levantado muitos homens como esse. Eles escolhiam e arranjavam textos que tornavam aplicáveis ao povo de Deus. O Sr. B leu com voz alta e forte as passagens que escolhera, declarando que se aplicavam a nós, como um povo. Disse que eu devia ver que ele tinha razão; pois não era a Bíblia que ele estava lendo? ME1 44 1 "Bem", disse eu, escolhestes e arranjastes os textos uns com os outros, mas como muitos outros que se ergueram como vós, estais torcendo as Escrituras, interpretando-as de modo a significarem isto e aquilo, quando sei que elas não se aplicam como as aplicastes. ME1 44 2 "Vós, ou qualquer outra pessoa iludida, poderia arranjar, e mandar arranjar certos textos de grande força, aplicando-os segundo vossas próprias idéias. Qualquer pessoa poderia desvirtuar e aplicar mal a Palavra de Deus, acusando pessoas e coisas, e então achar que os que recusaram receber sua mensagem haviam rejeitado a mensagem de Deus, e decidiram seu destino para a eternidade. ..." ME1 44 3 Pelas várias cartas que me têm chegado, vejo que quando homens assim como B, pretendendo ser enviados por Deus, vão aos que se acham mais ou menos isolados de nosso povo, essas almas estão prontas a pegar qualquer coisa que pareça ser de origem celeste. Chegam-me cartas suplicando uma resposta; sei que muitos homens tomam os testemunhos que o Senhor tem dado, e aplicam-nos como lhes parece que deviam ser aplicados, pegando uma sentença aqui e ali, tirando-a de sua devida ligação, e aplicando-a segundo sua idéia. Assim ficam pobres almas perplexas quando, pudessem elas ler em ordem tudo quanto foi dado, veriam a verdadeira aplicação, e não ficariam confundidas. Muita coisa que pretende ser mensagem da irmã White, serve ao desígnio de representar mal a irmã White, fazendo-a testificar em favor de coisas que não estão em harmonia com seu espírito ou juízo. Isto torna sua obra muito probante. Voam notícias de uns para outros acerca do que a irmã White disse. Cada vez que essa notícia é repetida, vai aumentando. Se a irmã White tem alguma coisa a dizer, deixai-a dizê-la. Ninguém é chamado a ser porta-voz da irmã White. ... Tende a bondade de deixar a irmã White apresentar sua própria mensagem. Ela virá com mais graça da parte dela do que de alguém que a cite. -- Manuscrito 21, 1901. Duvidar dos Testemunhos ME1 45 1 Quando encontrardes homens pondo em dúvida os testemunhos, criticando-os, e procurando desviar o povo de sua influência, estai certos de que Deus não está operando por meio deles. É outro espírito. Dúvidas e incredulidades são acariciadas pelos que não andam ponderadamente. Têm uma dolorosa consciência de que sua vida não resiste à prova do Espírito de Deus, quer falando pela Sua Palavra, quer mediante os testemunhos de Seu Espírito que os leve a Sua Palavra. Em vez de começar com o próprio coração, e pondo-se em harmonia com os puros princípios do evangelho, criticam, e condenam o próprio meio que Deus escolheu para preparar um povo que subsista no dia do Senhor. ME1 45 2 Venha algum cético que não esteja disposto a conformar sua vida pela regra bíblica, que busque obter o favor de todos, e quão pronto a classe que não está em harmonia com a obra de Deus é chamada a sair! Os convertidos, e fundamentados na verdade, não encontrarão coisa alguma agradável ou proveitosa na influência ou ensino de tais pessoas. Os defeituosos de caráter, porém, cujas mãos não são puras, cujo coração não é santo, cujos hábitos de vida são frouxos, que são grosseiros em casa, ou infiéis nos negócios -- todos esses certamente acharão prazer nos novos sentimentos apresentados. Todos podem ver, se quiserem, a verdadeira medida do homem, a natureza de seu ensino, pelo caráter de seus seguidores. ME1 45 3 Os que mais têm a dizer contra os testemunhos são em geral os que não os leram, da mesma maneira que os que se gabam de sua incredulidade na Bíblia são os que têm pouco conhecimento de seus ensinos. Sabem que eles os condenam, e sua rejeição por parte deles dá-lhes um sentimento de segurança em sua direção pecaminosa. O fascinante poder do erro ME1 46 1 Há no erro e na incredulidade algo que confunde e fascina a mente. Questionar e duvidar e nutrir incredulidade a fim de escusar-nos a nós mesmos de afastar-nos do caminho reto é coisa muito mais fácil do que purificar a alma mediante a crença na verdade, e a obediência à mesma. Quando, porém, melhores influências induzem uma pessoa a desejar voltar, ela se encontra tão emaranhada numa tal rede de Satanás -- como a mosca na teia de aranha -- que lhe parece desesperada tarefa, e raramente se recupera do laço a ela armado pelo astuto inimigo. ME1 46 2 Havendo uma vez os homens admitido dúvida e incredulidade quanto aos testemunhos do Espírito de Deus, são fortemente tentados a aderir às opiniões que confessaram aos outros anteriormente. Suas teorias e noções se fixam sobre a mente como uma nuvem sombria, excluindo todo raio de indicação em favor da verdade. As dúvidas com que condescenderam por causa de ignorância, de orgulho, de amor a práticas pecaminosas, firmam na alma cadeias que raramente se quebram. Cristo, e Ele tão-somente pode dar o poder necessário para isso. ME1 46 3 Os testemunhos do Espírito de Deus são dados para dirigir os homens a Sua Palavra, que tem sido negligenciada. Ora, se suas mensagens não são ouvidas, o Espírito Santo é excluído da alma. Que outro meio tem Deus em reserva para atingir os errantes, e mostrar-lhes sua verdadeira condição? ME1 46 4 As igrejas que têm nutrido influências que diminuem a fé nos testemunhos, são fracas e vacilantes. Alguns pastores estão trabalhando para atrair o povo para si mesmos. Quando é feito um esforço para corrigir qualquer erro nesses pastores, eles resistem com independência, e dizem: "Minha igreja aceita meu trabalho." ME1 46 5 Jesus disse: "Todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas." Muitos há hoje seguindo idêntica direção. Acham-se especificados nos testemunhos os próprios pecados de que eles são culpados; assim, não têm desejo de os ler. Uns há que desde sua mocidade têm recebido advertências e reprovações por meio dos testemunhos; têm, porém, andado na luz e se reformado? -- Não, absolutamente. Condescendem ainda com os mesmos pecados; têm os mesmos defeitos de caráter. Esses males mancham a obra de Deus, e deixam suas marcas nas igrejas. A obra que o Senhor queria fazer para pôr as igrejas em ordem, não é feita, porque os membros -- e em especial os dirigentes do rebanho -- não queriam ser corrigidos. ME1 47 1 Muito homem professa aceitar os testemunhos, ao passo que estes não exercem influência alguma sobre sua vida ou caráter. Suas faltas tornam-se mais fortes pela condescendência, até que, havendo sido muitas vezes reprovado e não dando ouvidos à reprovação, perde o poder do domínio próprio, e torna-se endurecido no proceder mal. Se está extenuado, se lhe sobrevém fraqueza, não tem força moral para erguer-se acima das fraquezas de caráter que não venceu; elas se tornam seus pontos mais fortes e é vencido por elas. Levai-o então à prova, e perguntai: "Não reprovou Deus esse aspecto em seu caráter pelos testemunhos anos atrás?" Ele responderá: "Sim, recebi um testemunho escrito dizendo que eu estava errado nessas coisas." "Por que, então, não corrigiu esses maus hábitos?" "Pensei que o reprovador devia haver-se enganado; aquilo que eu podia ver, aceitei; o que não podia ver, disse que devia ser a opinião da pessoa que dava a mensagem. Não aceitei a repreensão." ME1 47 2 Em alguns casos, as próprias faltas de caráter que Deus queria que Seus servos vissem e corrigissem, mas que eles se recusaram a ver, custaram a vida a esses homens. Eles poderiam ter vivido para serem veículos de luz. Deus queria que vivessem, e mandou-lhes instruções em justiça, para que conservassem suas faculdades físicas e mentais para fazerem serviço aceitável para Ele; e houvessem eles aceitado o conselho de Deus, e se tornado de todo aquilo que Ele queria que fossem, haveriam sido trabalhadores capazes para o avançamento da verdade, homens que se haveriam colocado alto na afeição e na confiança de nosso povo. Estão, porém, dormindo na sepultura, porque não viram que Deus os conhecia melhor que eles próprios. Seus pensamentos não eram os pensamentos deles, nem Seus caminhos os seus caminhos. Esses homens unilaterais moldaram a obra onde quer que trabalhassem. As igrejas sob sua direção foram grandemente enfraquecidas. ME1 48 1 Deus reprova os homens porque os ama. Quer que sejam fortes em Sua força, que possuam mentes bem equilibradas e caráter simétrico; então, eles serão exemplos ao rebanho de Deus, guiando-os pelo preceito e pelo exemplo para mais perto do Céu. Então edificarão a Deus um santo templo. -- Manuscrito 1, 1883. Pesquisando os Testemunhos em busca de uma desculpa ME1 48 2 Alguns que não estão dispostos a receber a luz, mas que preferem andar nos caminhos de sua própria escolha, pesquisarão os testemunhos para neles buscar alguma coisa que anime o espírito de incredulidade e desobediência. Assim se introduzirá um espírito de desunião; pois o espírito que os dirige a criticar os testemunhos há de conduzi-los também a observar seus irmãos para encontrar neles alguma coisa a condenar. -- Manuscrito 73, 1908. O último engano de Satanás ME1 48 3 Satanás está... continuamente forcejando por introduzir o falso -- para afastar da verdade. O último engano de Satanás será tornar sem efeito o testemunho do Espírito de Deus. "Não havendo profecia, o povo se corrompe" (no inglês, "o povo perece"). Provérbios 29:18. Satanás operará habilmente de várias maneiras e por diferentes instrumentalidades, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no verdadeiro testemunho. -- Carta 12, 1890. ME1 48 4 Será ateado contra os testemunhos um ódio satânico. A operação de Satanás será perturbar a fé das igrejas neles, por esta razão: Ele não pode achar caminho tão livre para introduzir seus enganos e prender almas em suas mentiras se as advertências e repreensões e conselhos do Espírito de Deus forem atendidos. -- Carta 40, 1890. ------------------------Capítulo 4 -- Composição e envio dos Testemunhos para a Igreja Recapitulação da obra ME1 49 0 Sanatório, Califórnia, 8 de Julho de 1906 ME1 49 1 Prezado Irmão: Pensam alguns que são capazes de julgar o caráter e avaliar a importância da obra que o Senhor me deu a fazer. Sua própria mente e juízo é a norma pela qual eles desejam aquilatar os testemunhos. ME1 49 2 Meu Instrutor disse-me: Dize a esses homens que Deus não lhes confiou a obra de julgar, classificar e definir o caráter dos testemunhos. Os que isso empreendem seguramente errarão em suas conclusões. O Senhor quer que os homens adiram à obra que lhes é designada. Caso observem o caminho do Senhor, serão capazes de discernir claramente que a obra que Ele me indicou para fazer não é uma obra idealizada por homens. ME1 49 3 Os que lêem cuidadosamente os testemunhos tal como têm aparecido desde os primeiros tempos, não precisam ficar perplexos quanto a sua origem. Os muitos livros, escritos com o auxílio do Espírito de Deus, apresentam vivo testemunho quanto ao caráter dos testemunhos. ME1 50 1 Nos primitivos dias de nossa experiência na mensagem, o Espírito de Deus veio muitas vezes sobre alguns de nós quando nos achávamos reunidos, e eu fui arrebatada em visão. O Senhor deu tal clareza e indicação, tal conforto e esperança e alegria, que Seus louvores se achavam em nossos lábios. Ajudada por auxiliares literários ME1 50 2 Enquanto meu marido viveu, desempenhou o papel de ajudador e conselheiro no envio das mensagens que me eram dadas. Viajávamos longamente. Por vezes eram-me concedidos esclarecimentos durante a noite, outras, de dia, perante grandes congregações. As instruções recebidas em visão eram fielmente escritas por mim, segundo eu tinha tempo e forças para a obra. Posteriormente examinávamos juntos o assunto, meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as repetições desnecessárias. Então elas eram cuidadosamente copiadas para a pessoa a quem se dirigiam, ou para o prelo. ME1 50 3 À medida que a obra aumentou, outros me auxiliaram no preparo da matéria para publicação. Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem publicados. ME1 50 4 As notícias que têm circulado, porém, de que qualquer de minhas auxiliares tenha permissão de acrescentar matéria ou mudar o sentido das mensagens que escrevo, não são reais. ME1 50 5 Enquanto nos achávamos na Austrália, o Senhor instruiu-me quanto a dever G. C. White ser aliviado dos muitos encargos que seus irmãos punham sobre ele, a fim de estar mais livre para assistir-me na obra que o Senhor pôs sobre mim. Foi feita a promessa: "Porei sobre ele o Meu Espírito, e lhe darei sabedoria." ME1 50 6 Desde minha volta à América do Norte tenho recebido várias vezes instruções de que o Senhor me deu G. C. White para ajudador, e que nesta obra o Senhor lhe dará de Seu Espírito. Tempo e maneira apropriados de apresentação ME1 51 1 Requer muita sabedoria e são discernimento, avivados pelo Espírito de Deus, o conhecer o tempo e a maneira apropriados para apresentar as instruções dadas. Quando a mente das pessoas censuradas se encontra sob forte engano, elas, naturalmente, resistem ao testemunho; e havendo tomado uma atitude de resistência, difícil lhes é reconhecer posteriormente que têm estado em erro. ME1 51 2 Nos primeiros tempos desta causa, se alguns dos irmãos dirigentes se achavam presentes quando eram apresentadas mensagens do Senhor, consultávamos com eles quanto à melhor maneira de pôr diante do povo as instruções. Era por vezes resolvido que certas porções seria melhor não serem lidas diante da congregação. Noutras ocasiões aqueles cujo proceder era repreendido pediam que os assuntos indicando seus erros e perigos fossem lidos ante outros, para que eles também fossem beneficiados. ME1 51 3 Com freqüência, depois de serem lidos testemunhos de reprovação, eram feitas sinceras confissões. Uníamo-nos então em períodos de oração, e o Senhor manifestava Sua graça perdoadora aos que haviam confessado seus pecados. A aceitação dos testemunhos trazia abundantes bênçãos de Deus às nossas reuniões. ME1 51 4 Esforço-me fielmente para escrever aquilo que me é dado de tempos em tempos pelo divino Conselheiro. Algumas porções do que escrevo são enviadas imediatamente para satisfazerem as necessidades presentes da obra. Outras porções são conservadas até que o desenvolvimento das circunstâncias me evidencie haver chegado o tempo de usá-las. Por vezes, desenvolveu-se em pastores e médicos que ocupavam lugares de responsabilidade a disposição de rejeitar os testemunhos, e fui instruída a não lhes pôr os testemunhos nas mãos; pois havendo cedido ao espírito que tentou e venceu Adão e Eva, abriram mente e coração ao controle do inimigo. Achando-se em falsa vereda, e trabalhando sob enganosas imaginações, lerão nos testemunhos coisas que aí não se encontram, mas que estão em harmonia com as falsas declarações que eles escutaram. Lendo os testemunhos à luz que eles próprios acenderam, são iludidos, e iludirão a outros. ME1 52 1 Às vezes, depois de haverem sido escritas repreensões muito precisas, decididas, são retidas por algum tempo, até que, mediante correspondência pessoal, eu tenha procurado mudar o espírito daqueles a quem elas são dirigidas. Se esses esforços não tiverem êxito, as mensagens, com toda sua força de repreensão ou reprovação, são-lhes enviadas, quer eles lhes dêem ouvidos, quer neguem sua autenticidade. ME1 52 2 Caso aqueles cujos erros são apontados confessem seus malfeitos, pode ser quebrado o encantamento do inimigo. Se se arrependerem e abandonarem os pecados, Deus é fiel e justo para perdoar os pecados, e purificá-los de toda injustiça. Cristo, o Redentor que perdoa os pecados, removerá deles as vestes sujas, dar-lhes-á outros vestidos, e colocar-lhes-á uma bela mitra na cabeça. Mas enquanto se recusarem a desviar-se de iniqüidade não podem formar caráter que subsista no grande dia do juízo. ME1 52 3 Muitas vezes pecados ocultos na vida de pessoas me são revelados, e é-me ordenado apresentar uma mensagem de reprovação e advertência. ME1 52 4 Tem-me sido dito que muitos dos que dão ouvidos à falsa ciência do inimigo acusariam minha obra como a de uma falsa profetisa, e dariam aos testemunhos tais interpretações que tendessem a mudar a verdade de Deus em mentira. Satanás está alerta; e alguns que foram usados no passado pelo Senhor para fazer Sua obra, mas que consentiram em ser iludidos, serão incitados a fazer uso indevido das mensagens dadas. Por não desejarem escutar as palavras de repreensão, por não quererem ouvir conselhos e melhorar seu procedimento, e efetuar a obra que lhes é indicada, interpretarão mal as mensagens dirigidas à igreja, e confundirão muitas mentes. ME1 52 5 Não obstante, devo apresentar a mensagem que me é dada, enquanto o Senhor o preferir. Ele não me deu a obra de ajustar todos os mal-entendidos acariciados no coração dos incrédulos. Enquanto uma porta estiver aberta para receber as sugestões do tentador, multiplicar-se-ão as dificuldades. O coração dos que não vêm para a luz está aberto à incredulidade. Se meu tempo e energias são consumidos com tais assuntos, isto corresponde aos fins de Satanás. Disse-me o Senhor: "Apresenta os testemunhos. Tua obra não é ajustar dificuldades; é reprovar, e apresentar a justiça de Cristo." Um incidente ME1 53 1 Uma vez, nos princípios da mensagem, o pai Butler e o Pastor Hart ficaram confundidos quanto aos testemunhos. Em grande aflição, gemeram e choraram, mas por algum tempo não deram a razão de sua perplexidade. Entretanto, sendo constrangidos a dar uma razão de seu falar e sua atitude faltos de fé, o Pastor Hart referiu-se a um folhetinho que fora publicado com as visões da irmã White, e disse que, ao que sabia com certeza, algumas visões não haviam sido incluídas. Perante grande auditório, ambos esses irmãos falaram vigorosamente quanto a perderem a confiança na obra. ME1 53 2 Meu marido passou o folheto ao Pastor Hart, e pediu-lhe que lesse o que estava escrito na página do título. "Esboço da Experiência Cristã e das Visões da Sra. E. G. White", leu ele. ME1 53 3 Houve silêncio por um momento, e depois meu marido explicou que havíamos estado com muita escassez de meios, e só pudéramos publicar a princípio um folhetinho, e prometeu aos irmãos que quando fossem arrecadados recursos suficientes, as visões seriam publicadas mais completamente, em forma de livro. ME1 53 4 O Pastor Butler ficou profundamente comovido, e depois de dada a explicação, disse: "Curvemo-nos diante de Deus." Seguiram-se orações, lágrimas e confissões como raramente temos ouvido. ME1 53 5 O pai Butler disse: "Irmão White, perdoe-me; temi que nos estivésseis ocultando parte da luz que devíamos ter. Perdoe-me, irmã White." Então o poder de Deus veio à reunião de maneira maravilhosa. -- The Writing and Sending Out the Testimonies to the Church, 3-9. A obra e os auxiliares ME1 54 0 Sanatório, Califórnia, 23 de Outubro de 1907. ME1 54 1 Prezado Irmão [F. M.] Wilcox: Recebi e li sua carta recente. Quanto à irmã que julgais haver sido escolhida para ocupar o cargo que a irmã White tem ocupado, tenho a dizer isto: Talvez ela seja sincera, mas certamente está enganada. ME1 54 2 Cerca de um ano depois da morte de meu marido, encontrava-me muito fraca, e temia-se que eu não vivesse senão pouco tempo. Na reunião campal de Healdsburgo, fui levada à tenda em que havia grande reunião de nosso povo. Pedi para ser erguida do divã em que jazia, e ajudada a ir para a plataforma para dizer algumas palavras de despedida ao povo. Ao tentar eu falar, o poder de Deus veio sobre mim, e fez-me estremecer toda. Muitos na congregação observaram que eu estava fraca, e meu rosto e minhas mãos pareciam sem sangue; mas ao começar eu a falar viram a cor vindo aos lábios e ao rosto, e conheceram que se estava operando um milagre em meu favor. Fiquei perante o povo curada, e falei com liberdade. ME1 54 3 Depois desse incidente, foi-me dada compreensão de que o Senhor me erguera para dar testemunho dEle em muitos lugares, e de que Ele me daria graça e força para a obra. Foi-me mostrado também que meu filho, G. C. White, seria meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo. ME1 54 4 Foi-me dada a certeza: "Não estás só na obra para que o Senhor te escolheu. Serás ensinada por Deus quanto a apresentar a verdade em sua singeleza perante o povo. O Deus da verdade te susterá, e será dada prova convincente de que Ele te guia. Deus te dará de Seu bom Espírito, e Sua graça e sabedoria e poder protetor estarão contigo. ... ME1 55 1 "O Senhor será teu Instrutor. Encontrarás influências enganadoras; virão sob muitas formas, em panteísmo e outras formas de infidelidade; segue, porém, por onde Eu te conduzir, e estarás a salvo. Porei Meu Espírito sobre teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante em Sua obra. Para isso nasceu ele." ME1 55 2 Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido assegurado que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma ocasião de perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te Meu servo, G. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente." ME1 55 3 O Senhor tem-me dado outros ajudantes fiéis em minha obra. Muitos de meus discursos têm sido relatados, e postos perante o povo em forma impressa. Durante quase toda minha longa vida, tenho-me esforçado, dia a dia, por escrever o que me tem sido revelado em visões da noite. Muitas mensagens de conselho e reprovação e animação têm sido enviadas a pessoas, e muito das instruções que tenho recebido para a igreja tem sido publicado em revistas e livros, e posto em circulação em muitas terras. ... ME1 55 4 A obra está avançando continuamente. Fazemos esforços constantes para pôr meus escritos diante do povo. Esperamos que vários livros novos vão dentro em pouco para o prelo. Caso eu esteja incapacitada para o trabalho, meus fiéis obreiros se acham preparados para levar a obra avante. Meus escritos falarão constantemente ME1 55 5 Abundante luz tem sido comunicada a nosso povo nestes últimos dias. Seja ou não poupada a minha vida, meus escritos falarão sem cessar, e sua obra irá avante enquanto o tempo durar. Meus escritos são conservados em arquivo no escritório, e mesmo que eu não deva viver, essas palavras que me têm sido dadas pelo Senhor terão vida ainda e falarão ao povo. Minhas forças, porém, ainda são poupadas, e espero continuar a fazer muito trabalho útil. Talvez eu viva até a vinda do Senhor; se assim não for, porém, confio que seja dito a meu respeito: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam." Apocalipse 14:13. ... ME1 56 1 Dou graças a Deus pela certeza de Seu amor, e porque tenho diariamente Sua direção e guia. Acho-me bastante ocupada com o escrever. Cedo e tarde, estou escrevendo os assuntos que o Senhor me expõe. A responsabilidade de minha obra é preparar um povo que subsista no dia do Senhor. Firme é a promessa de Cristo. O tempo não tarda. Precisamos trabalhar e vigiar e aguardar o Senhor Jesus. Somos chamados a ser firmes, inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor. Todas as nossas esperanças têm seu fundamento em Cristo. Está nosso povo recapitulando o passado e o presente e o futuro, à medida que eles se vão desdobrando perante o mundo? Estão eles dando ouvidos às mensagens de advertência a eles comunicadas? É hoje nossa maior preocupação ser nossa vida purificada e refinada, e que reflitamos a imagem do divino? Esta tem de ser a condição de todos quantos se unem ao grupo lavado e branqueado no sangue do Cordeiro. Eles têm que estar trajados com a justiça de Cristo. Seu nome tem que estar escrito em sua testa. Têm que regozijar-se na esperança da glória de Deus. Cristo tem gravados os nomes de Seu povo na palma das próprias mãos. Jamais perderá Ele o interesse em qualquer alma dependente. ME1 56 2 Dizei aos membros da igreja que é necessária inteira consagração a Deus. Entendam todos que têm que fazer com Deus um concerto com sacrifício. Necessitamos das bênçãos do evangelho cada dia e a toda hora. Deve ser reconhecida com ações de graças toda prova do poder do Senhor, Sua presença e Seu amor. A felicidade deve ser alcançada pela justa ação da alma para com Deus. Dou graças a Deus por esse precioso pensamento. Seja Ele glorificado pelos sentimentos expressos e pelas ações realizadas. ... Nunca testemunhos foram mais claramente apresentados ao povo do que os recentemente traçados por minha pena. Deus me ordena que insista em mostrar a nosso povo a importância de estudá-los. Comece essa obra agora. Então, quer me seja permitido trabalhar, quer seja posta a descansar até Jesus vir, estas mensagens se acham imortalizadas. ME1 57 1 Digo agora a meus irmãos: Proferi palavras que atraiam almas a Cristo. Produzi frutos em boas obras. "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna." João 3:36. Tudo quanto é concebível será introduzido para enganar, se possível, os próprios eleitos; mas certamente o Senhor cuidará de Sua obra. -- The Writing and Sending Out of the Testimonies to the Church, 10-16. O emprego dos testemunhos Devem ser considerados o tempo e o lugar ME1 57 2 Quanto aos testemunhos, coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados. Coisa alguma deve ser feita inoportunamente. Alguns assuntos precisam ser retidos porque algumas pessoas fariam uso impróprio do esclarecimento dado. Todo jota e til é essencial e precisa aparecer em tempo oportuno. No passado, os testemunhos eram cuidadosamente preparados antes de serem enviados para publicação. E todo assunto é ainda cuidadosamente estudado depois de ser escrito pela primeira vez. ME1 57 3 Dizei-lhes que comam a carne e bebam o sangue do Filho de Deus. Ponde perante eles Sua Palavra. Haverá pessoas que interpretem mal e desvirtuem. Seus olhos foram cegados, e elas apresentam as imagens e interpretações que Satanás elaborou para elas, e será dado um sentido inteiramente errôneo às palavras proferidas pela irmã White. Satanás está pretendendo tão verdadeiramente ser filho de Cristo como o fez Judas, que se achava do lado acusador. Elas se educaram na escola de deturpação de Satanás. É dada a seu respeito uma descrição no terceiro capítulo de Zacarias. Coisa alguma no mundo é tão preciosa para Deus como Sua igreja. Satanás tem operado em espíritos humanos, e continuará a trair o sagrado depósito, atuando de modo enganoso. A publicação de compilações ME1 58 1 Posso ver claramente que, se toda pessoa que se considera habilitada a escrever livros, seguisse suas imaginações e fossem suas produções publicadas, insistindo em que fossem recomendadas por nossas casas editoras, haveria quantidade de joio largamente semeado em nosso mundo. Muitos dentre nosso próprio povo me escrevem pedindo com ansiosa determinação o privilégio de usarem meus escritos para dar força a certos assuntos que desejam apresentar ao povo de modo a deixar sobre eles profunda impressão. ME1 58 2 É verdade que há razão para que alguns desses assuntos devam ser apresentados; mas não me arriscaria a dar minha aprovação ao uso dos testemunhos dessa maneira, ou a sancionar que ponham matéria, em si mesma boa, pela maneira por que eles propõem. ME1 58 3 As pessoas que fazem essas propostas, quanto eu saiba, podem ser capazes de conduzir o empreendimento acerca do qual escrevem com prudência; não obstante, não ouso dar a mínima permissão para usarem meus escritos na maneira que elas propõem. Tomando em consideração tal empreendimento, há muitas coisas a serem levadas em conta; pois servindo-se dos testemunhos para apoiar algum assunto que possa impressionar a mente do autor, os extratos poderão dar uma impressão diferente daquela que dariam, fossem eles lidos em sua relação original. -- The Writing and Sending Out of the Testimonies to the Church, 25-26. ------------------------Capítulo 5 -- Explicação de antigas declarações Resposta a um desafio ME1 59 1 Minha atenção foi recentemente chamada para um folheto de dezesseis páginas publicado por C, de Marion, Iowa, intitulado Comparison of the Early Writings of Mrs. White With Later Publications. Declara o autor que partes de minhas primeiras visões, como primeiro publicadas, foram suprimidas na obra recentemente publicada sob o título de Primeiros Escritos da Sra. E. G. White, e conjetura como razão disso que essas passagens ensinem doutrinas agora repudiadas por nós como um povo. ME1 59 2 Ele nos acusa também de voluntário engano em apresentar Primeiros Escritos como uma reedição completa de minhas primeiras visões, apenas com mudanças verbais da obra original. ME1 59 3 Antes de referir-me separadamente às passagens indicadas como havendo sido omitidas, convém que sejam declarados vários fatos. Ao serem publicadas a princípio minhas primeiras visões, em forma de folheto, [Aqui se faz referência ao panfleto de 24, intitulado "A Word to the Little Flock," publicado por Tiago White em 1847, contendo três visões de Ellen G. White. -- Os Compiladores.] a edição foi pequena, e vendeu-se dentro de pouco. Esta foi seguida breves anos depois por um livro maior, "The Christian Experience and Views of Mrs. E. G. White," editado em 1851, e contendo muita matéria adicional. ME1 60 1 Em nossas freqüentes mudanças de lugar no princípio da história da obra de publicações, e depois quase em incessante viajar ao trabalhar eu do Maine para o Texas, do Michigan para a Califórnia -- e atravessei as planícies nada menos de dezessete vezes -- perdi todos os vestígios das obras primeiramente publicadas. Quando se decidiu publicar Early Writings em Oakland no último outono, fomos obrigados a mandar tomar emprestado em Michigan um exemplar de Experience and Views. E assim fazendo julgávamos obter uma cópia exata das primeiras visões como haviam sido publicadas a princípio. Esse exemplar reeditamos, como se declara no prefácio de Primeiros Escritos, apenas com mudanças verbais da obra original. ME1 60 2 E detenho-me aqui para declarar que quem quer que entre nosso povo esteja de posse de um exemplar de qualquer ou de todas as minhas primeiras visões, tais como foram publicadas antes de 1851, far-me-á grande favor se me remeter os mesmos sem demora. Prometo devolver assim que esteja pronto um exemplar. ME1 60 3 Ao contrário de desejar reter qualquer coisa que eu tenha publicado, sentiria grande satisfação em dar ao público cada linha de meus escritos já publicados. Testemunhos deturpados por Eli Curtis ME1 60 4 Outro fato há que deve ser declarado aqui. Não sou responsável por tudo quanto tem sido impresso como provindo de mim. Por volta do tempo em que foram publicadas minhas primeiras visões, vários artigos apareceram pretendendo haver sido escritos por mim, e relatarem o que o Senhor me mostrara, mas sancionando doutrinas em que não creio. Esses foram publicados em um jornal editado por um Sr. Curtis. Não estou certa quanto ao nome do jornal. Durante os anos de cuidados e labores passados desde então, alguns desses particulares de pouca importância foram esquecidos, mas os pontos principais ainda se acham distintos em meu espírito. ME1 61 1 Esse homem tomou artigos saídos de minha pena, e transformou-os e desfigurou-os inteiramente, pegando uma sentença aqui e ali, sem dar a conexão, e então, depois de inserir suas próprias idéias, ele pôs meu nome como se elas viessem diretamente de mim. ME1 61 2 Ao ver esses artigos, escrevemos-lhe, exprimindo nossa surpresa e desaprovação, e proibindo-o de dar assim más interpretações a meus testemunhos. Ele respondeu que publicaria o que lhe aprouvesse, e que sabia que as visões deviam dizer aquilo que ele publicara, e que se eu as tivesse escrito como o Senhor mas dera, elas deviam ter dito aquilo. Afirmava que se as visões haviam sido dadas para benefício da igreja, ele tinha o direito de usá-las como lhe aprouvesse. ME1 61 3 Algumas dessas folhas talvez existam ainda, e podem ser apresentadas como procedendo de mim, mas não sou responsável por elas. Os artigos dados em Early Writings passaram sob meus olhos; e como a edição de Experience and Views publicada em 1851 era a mais antiga que possuíamos, e como não tivéssemos conhecimento de coisa alguma adicional em revistas ou folhetos de data anterior, não sou responsável pelas omissões que dizem existir. A primeira omissão ME1 61 4 A primeira citação mencionada por C é do panfleto de 24 páginas publicado em 1847, intitulado "A Word to the Little Flock." Eis as linhas omitidas em Experience and Views: ME1 61 5 "Era tão impossível para eles [os que abandonaram a fé no movimento de 1844] voltarem ao caminho e irem para a cidade, como para todo o mundo ímpio que Deus havia rejeitado. Eles caíram ao longo de todo o caminho um após outro." ME1 61 6 Darei o contexto, para que se veja claramente toda a força das expressões: ME1 62 1 "Enquanto eu estava orando junto ao altar de família, o poder de Deus me sobreveio, como nunca o havia sentido antes. Parecia estar eu cercada de luz, e achar-me subindo mais e mais alto da Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: 'Olha novamente, e olha um pouco mais para cima.' Com isto olhei mais para o alto e vi um caminho reto e estreito, levantado em um lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. Tinha, uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual um anjo me disse ser o 'clamor da meia-noite'. Essa luz brilhava em toda a extensão do caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que assim não tropeçassem. Se conservavam o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os para a cidade, estavam seguros. Mas logo alguns ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam nela ter entrado antes. Então Jesus os animava levantando Seu glorioso braço direito; e de Seu braço saía uma luz que incidia sobre o povo do advento, e eles clamavam: 'Aleluia!' Outros temerariamente negavam a existência da luz atrás deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. A luz atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas; de modo que tropeçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo tenebroso e ímpio." ME1 62 2 Segue-se então a passagem que se diz estar na obra original, mas que não se encontra em Experience and Views, nem em Early Writings: ME1 62 3 "Era tão impossível para eles [os que abandonaram a fé no movimento de 44] voltarem ao caminho e irem para a cidade, como para todo o mundo ímpio que Deus havia rejeitado. Eles caíram ao longo de todo o caminho um após outro." A "porta fechada" ME1 62 4 Pretende-se que essas expressões provem a doutrina da porta fechada, e que seja esta a razão de serem omitidas em edições posteriores. Em verdade, porém, elas ensinam apenas o que tem sido e ainda é sustentado por nós como um povo, como passarei a mostrar. ME1 63 1 Por algum tempo depois da decepção de 1844, mantive, juntamente com o corpo do advento, que a porta da graça estava para sempre fechada para o mundo. Este ponto de vista foi adotado antes de minha primeira visão. Foi a luz a mim concedida por Deus que corrigiu nosso erro, e habilitou-nos a ver a verdadeira atitude. ME1 63 2 Creio ainda na teoria da porta fechada, mas não no sentido em que empregávamos a princípio o termo ou em que ele é empregado por meus oponentes. ME1 63 3 Houve uma porta fechada nos dias de Noé. Houve naquele tempo uma retirada do Espírito de Deus da raça pecadora que pereceu nas águas do dilúvio. O próprio Deus deu a Noé a mensagem da porta fechada: "Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos." Gênesis 6:3. ME1 63 4 Houve uma porta fechada nos dias de Abraão. A misericórdia cessou de pleitear com os habitantes de Sodoma, e todos, com exceção de Ló, com sua esposa e duas filhas, foram consumidos pelo fogo enviado do Céu. ME1 63 5 Houve uma porta fechada nos dias de Cristo. O Filho de Deus declarou aos incrédulos judeus daquela geração: "Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta." Mateus 23:38. ME1 63 6 Olhando através da corrente do tempo aos últimos dias, o mesmo poder infinito proclamou por meio de João: ME1 63 7 "Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre." Apocalipse 3:7. ME1 63 8 Foi-me mostrado em visão, e ainda o creio, que houve uma porta fechada em 1844. Todos quantos viram a luz das mensagens do primeiro e do segundo anjos e rejeitaram aquela luz, foram deixados em trevas. E os que a aceitaram e receberam o Espírito Santo que assistiu à proclamação da mensagem do Céu, e que posteriormente renunciaram a sua fé e declararam engano sua experiência, rejeitaram assim o Espírito de Deus, e Ele não mais pleiteou com eles. ME1 63 9 Os que não viram a luz, não tinham a culpa de sua rejeição. Era somente a classe que desprezara a luz do Céu que o Espírito de Deus não podia alcançar. E esta classe incluía, como declarei, tanto os que recusaram aceitar a mensagem quando ela lhes foi apresentada, como os que, havendo-a recebido, renunciaram posteriormente a sua fé. Esses podiam ter uma aparência de piedade, e professar ser seguidores de Cristo; não tendo, porém, viva ligação com Deus, seriam levados cativos pelos enganos de Satanás. Estas duas classes são apresentadas na visão -- aqueles que declararam ser um engano a luz que haviam seguido, e os ímpios do mundo que, havendo rejeitado a luz, haviam sido rejeitados por Deus. Não é feita nenhuma referência aos que não haviam visto a luz, não sendo portanto culpados de sua rejeição. ME1 64 1 A fim de provar que eu cria e ensinava a doutrina da porta fechada, o Sr. C faz uma citação da Review de 11 de Junho de 1861, assinada por nove de nossos membros de preeminência. Reza assim a citação: ME1 64 2 "A visão da obra que se nos deparava era então, na maior parte, vaga e indefinida, conservando alguns a idéia adotada pelo corpo de crentes no advento de 1844, com Guilherme Miller à sua direção, de que nossa obra pelo 'mundo' estava terminada, e de que a mensagem limitava-se aos que pertenciam à original fé no advento. Tão firmemente se acreditava nisso, que quase foi recusada a mensagem a um dentre nosso número, tendo o indivíduo que a apresentou dúvidas da possibilidade de sua salvação devido a não ser ele do 'movimento de 1844'." ME1 64 3 A isto necessito acrescentar apenas que, na mesma reunião em que se insistiu em que a mensagem não podia ser dada a esse irmão, foi-me dado um testemunho mediante visão para encorajá-lo a esperar em Deus e a entregar inteiramente o coração a Jesus, o que ele fez de imediato. Uma conjetura irrazoável ME1 64 4 Em outra passagem do livro Uma Palavra ao Pequeno Rebanho, falo de cenas na nova Terra, e declaro haver visto aí homens santos de outrora: "Abraão, Isaque, Jacó, Noé, Daniel e muitos como eles." Por eu dizer que vi esses homens, nossos adversários conjetura que eu acreditava então na imortalidade da alma, e que tendo mudado meus pontos de vista de então para cá a esse respeito, julgara necessário suprimir aquela passagem. Eles estão tão próximos da verdade aqui como em outras conjeturas. ME1 65 1 No ano de 1844 eu aceitei a doutrina que agora mantemos, quanto à não imortalidade da alma, como se pode ver pela referência ao Life Sketches, 170-171 (1880) [Ver também 49 (1915); Testemunhos para a Igreja 1:39-40], e nunca, pela voz ou pela pena, defendi qualquer outra. Houvéssemos nós suprimido esta passagem em razão de ensinar ela a imortalidade da alma, haveríamos achado necessário suprimir outras passagens. ME1 65 2 Relatando minha primeira visão, à p. 13 (1882) de Primeiros Escritos [edição atual p. 17], falo de haver visto irmãos que haviam pouco tempo antes adormecido em Jesus, e à p. 14 [edição atual, p. 18-19] declaro que me foi mostrado grande grupo de pessoas que sofreram o martírio por sua fé. ME1 65 3 A imortalidade da alma não é mais ensinada na passagem "suprimida" do que nas duas últimas citadas. ME1 65 4 O fato no caso é, que nessas visões eu era levada adiante, ao tempo em que os santos ressurgidos serão reunidos no reino de Deus. Da mesma maneira o juízo, a segunda vinda de Cristo, o estabelecimento dos santos na nova Terra me têm sido apresentados. Supõe acaso alguém que essas cenas já ocorreram? Meus adversários manifestam o espírito pelo qual são atuados ao assim me acusarem de engano baseados em mera "conjetura". Uma citação torcida ME1 65 5 Nessa citação acham-se também as palavras: "Vi duas longas varas de ouro, das quais pendiam fios de prata, e nos fios achavam-se uvas gloriosas." ME1 65 6 Meus oponentes ridicularizam "aquela pobre e infantil expressão de gloriosas uvas saídas de fios de prata, esses fios ligados a varas de ouro". ME1 65 7 Que motivo impeliu o escritor do trecho acima citado a torcer minhas palavras? Eu não declaro que uvas estavam saindo de fios de prata. O que contemplei é descrito segundo me parecia. Não é de pensar-se que uvas estivessem presas a fios de prata ou varas de ouro, mas que essa era a aparência que davam. Expressões idênticas são dia a dia empregadas por toda gente na conversação habitual. Quando falamos de frutos de ouro, não se compreende que queiramos dizer que a fruta é feita desse precioso metal, mas simplesmente que tem o aspecto do ouro. A mesma regra aplicada às minhas palavras, afasta toda desculpa de mal-entendido. O selo de Deus ME1 66 1 Outra "supressão" reza assim: "Bem, louvado seja o Senhor, irmãos e irmãs, esta é uma reunião extraordinária para os que têm o selo do Deus vivo." ME1 66 2 Não há nisto nada que não sustentemos ainda. Referências a nossas obras publicadas mostrarão nossa crença de que os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles fruirão honras especiais no reino de Deus. Renunciar ao sábado ME1 66 3 A passagem seguinte, dizem, acha-se omitida na visão relatada às p. 25-28 [32-35 da edição atual] de Primeiros Escritos: ME1 66 4 "E se alguém cresse e guardasse o sábado, e recebesse a bênção que o acompanha, e depois o abandonasse e transgredisse o santo mandamento, fecharia a porta da Santa Cidade a si próprio, tão certo como haver um Deus que governa em cima no Céu." ME1 66 5 Os que viram claramente e plenamente aceitaram a verdade do quarto mandamento, e receberam a bênção que acompanha a obediência, mas depois disto renunciaram à fé, e ousaram violar a lei de Deus, encontrarão, caso persistam nesse caminho de desobediência, fechadas para si as portas da cidade de Deus. "O tempo quase encerrado" ME1 66 6 Uma declaração publicada em 1851 em Experience and Views e encontrada à p. 49 [p. 58 da atual edição] de Primeiros Escritos, é citada como provando serem falsos meus testemunhos: "Vi que o tempo de Jesus estar no lugar santíssimo estava quase terminado, e esse tempo não pode durar senão muito pouco mais." ME1 67 1 Segundo me foi apresentado o assunto, o período da ministração de Cristo parecia quase completo. Sou eu acusada de falsidade porque o tempo tem continuado mais do que meu testemunho parecia indicar? Que diremos então dos testemunhos de Cristo a Seus discípulos? Estavam eles enganados? ME1 67 2 Paulo escreve aos coríntios: ME1 67 3 "Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se as não tivessem; e os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem." 1 Coríntios 7:29-30. ME1 67 4 Outra vez, em sua epístola aos Romanos, diz ele: ME1 67 5 "Vai alta a noite e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz." Romanos 13:12. ME1 67 6 E de Patmos, Cristo nos fala por meio do amado João: ME1 67 7 "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Apocalipse 1:3. "O Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o Seu anjo, para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro." Apocalipse 22:6-7. ME1 67 8 Os anjos de Deus em suas mensagens aos homens, apresentam o tempo como muito breve. Assim ele me tem sido sempre apresentado. É verdade que o tempo tem prosseguido mais do que esperávamos nos primeiros tempos desta mensagem. Nosso Salvador não apareceu tão depressa como esperávamos. Falhou, porém, a palavra do Senhor? Nunca! Devemos lembrar que as promessas e ameaças de Deus são igualmente condicionais. ME1 67 9 Deus confiou a Seu povo uma obra a ser realizada na Terra. A mensagem do terceiro anjo devia ser proclamada, o espírito dos crentes devia ser dirigido ao santuário celeste, aonde Cristo entrara para fazer expiação por Seu povo. A reforma do sábado devia ser levada avante. A brecha na lei de Deus precisava ser reparada. A mensagem precisava ser proclamada com grande voz, para que todos os habitantes da Terra recebessem a advertência. O povo de Deus precisava purificar sua alma pela obediência da verdade, e ser preparado para subsistir irrepreensível diante dEle em Sua vinda. ME1 68 1 Houvessem os adventistas, depois da grande decepção de 1844, ficado firmes na fé, e seguido avante em união no caminho aberto pela providência de Deus, recebendo a mensagem do terceiro anjo e proclamando-a ao mundo, no poder do Espírito Santo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor haveria cooperado poderosamente com seus esforços, a obra se haveria completado, e Cristo haveria vindo antes disto para receber Seu povo para lhes dar o galardão. ME1 68 2 No período de dúvidas e incerteza que se seguiu ao desapontamento, porém, muitos dos crentes no advento abandonaram a fé. Penetraram dissensões e divisões. A maioria opôs-se pela voz e pela pena aos poucos que, seguindo na providência de Deus, receberam a reforma do sábado e começaram a proclamar a mensagem do terceiro anjo. Muitos que deviam haver consagrado tempo e talentos ao único objetivo de fazer soar ao mundo a advertência, achavam-se absorvidos em oposição à verdade do sábado, e por sua vez, o trabalho dos que o defendiam era necessariamente empregado em responder a esses adversários na defesa da verdade. Assim era a obra prejudicada, e o mundo deixado em trevas. Houvesse todo o corpo de adventistas se unido em torno dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus, quão vastamente diversa haveria sido nossa história! ME1 68 3 Não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo fosse assim retardada. Não era desígnio Seu que Seu povo, Israel, vagueasse quarenta anos no deserto. Ele prometera levá-los diretamente à terra de Canaã, e ali estabelecê-los como um povo santo, sadio e feliz. Aqueles, porém, a quem havia sido pregado primeiramente, não entraram "por causa da sua incredulidade". Hebreus 3:19. Seus corações encheram-se de murmuração, rebelião e ódio, e Ele não pôde cumprir Seu concerto com eles. ME1 69 1 Por quarenta anos a incredulidade, murmurações e rebelião excluíram o antigo Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do moderno Israel na Canaã celeste. Em nenhum dos casos as promessas de Deus estiveram em falta. É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo do Senhor que nos têm conservado neste mundo de pecado e dor por tantos anos. ME1 69 2 Há duas outras passagens que se diz encontrarem-se em meu primeiro livro, mas não dadas em meus escritos posteriores. Quanto a estas, direi apenas que, quando eu puder obter um livro que as contenha, de maneira que me possa certificar da exatidão dessas citações e ver por mim mesma sua ligação, estarei preparada para falar com entendimento a seu respeito. Zombadores dos últimos dias ME1 69 3 Desde o início de minha obra, tenho sido perseguida por ódio, injúria e falsidades. Baixas incriminações e boatos caluniosos têm sido ativamente colhidos e largamente divulgados pelos rebeldes, formalistas e fanáticos. Há ministros das chamadas igrejas ortodoxas viajando de um lugar para outro para combater os Adventistas do Sétimo Dia, e fazem da Sra. White a sua fonte. Os zombadores dos últimos dias são levados por esses ministros que professam ser representantes de Deus. ME1 69 4 O mundo incrédulo, os ministros das igrejas caídas, e os Adventistas do Primeiro Dia acham-se unidos na obra de atacar a Sra. White. Esta guerra tem sido mantida por cerca de quarenta anos, mas não me senti na liberdade sequer de notar suas vis arengas, injúrias e insinuações. E não me afastaria agora desse costume, não fosse que algumas almas sinceras podem ser desencaminhadas pelos inimigos da verdade que exultam tanto em declarar que sou uma enganadora. Na esperança de ajudar o espírito dos sinceros, faço estas declarações. ME1 69 5 Não espero alcançar aqueles que, havendo visto a luz da verdade, recusam-se a dar-lhe atenção, os que se entregaram ao preconceito e entrincheiram a própria alma na incredulidade. ME1 69 6 Jesus, a Majestade do Céu, Aquele que era igual a Deus, esteve no mundo trinta e três anos, e todavia poucos houve que Lhe reconhecessem o caráter divino. E poderei eu, tão fraca, tão sem valor, frágil criatura humana, esperar maior êxito do que o que alcançou o Salvador do mundo? ME1 70 1 Quando, a princípio, me entreguei a esta obra, ir aonde o Senhor me ordenasse, dizer as palavras que Ele me desse para o povo, sabia que sofreria oposição, opróbrio, perseguição. Não fiquei decepcionada. Houvesse confiado no aplauso humano, de há muito estaria desanimada. Olhei, porém, a Jesus, e vi que Ele que era sem pecado fora assaltado por línguas caluniadoras. Os que apresentavam altas pretensões de piedade, seguiam como espias os passos do Salvador, e tudo ao seu alcance faziam para impedir-Lhe o caminho. Mas se bem que Ele fosse Todo-poderoso, não visitava Seus adversários segundo os pecados deles mereciam. Poderia haver lançado contra eles os raios de Sua vingança, mas assim não fez. Ministrava-lhes fulminantes repreensões por sua hipocrisia e corrupção, e quando Sua mensagem era rejeitada e Sua vida ameaçada, passava tranqüilamente a outro lugar para falar as palavras da vida. Em minha fraqueza, tenho procurado seguir o exemplo de meu Salvador. Inimizade contra defensores da verdade ME1 70 2 Com que ansiedade buscavam os fariseus provar que Cristo era um enganador! Como Lhe vigiavam cada palavra, procurando torcer e interpretar mal tudo quanto dizia! Orgulho e preconceito e paixão cerravam toda a entrada da alma contra o testemunho do Filho de Deus. Quando lhes censurava positivamente a iniqüidade e declarava que suas obras demonstravam ser eles filhos de Satanás, devolviam irados a acusação, dizendo: "Não dizemos nós bem que és samaritano, e que tens demônio?" ME1 70 3 Todos os argumentos alegados contra Cristo baseavam-se em falsidades. Assim foi no caso de Estêvão, e de Paulo. Mas as declarações mais fracas e não merecedoras de confiança feitas do lado do erro tinham influência, porque havia tantos cujo coração não estava santificado que desejavam que aquelas afirmações fossem verdadeiras. Tais pessoas estão sempre ansiosas de firmar-se em algum suposto erro ou engano nos que lhes falam uma verdade que não lhes agrada. ME1 71 1 Não nos devia surpreender se más conjeturas são avidamente tomadas como fatos indubitáveis por aqueles que são sôfregos de falsidades. Os adversários de Cristo eram repetidamente confundidos e reduzidos ao silêncio pela sabedoria de Suas palavras; todavia davam ainda ansioso ouvido a todo boato, e encontravam algum pretexto para assediá-Lo novamente com perguntas contrárias. Estavam decididos a não abandonar seu desígnio. Bem sabiam eles que se Jesus continuasse a Sua obra, muitos creriam nEle, e os escribas e fariseus perderiam seu poder para com o povo. Assim, estavam dispostos a descer a qualquer medida baixa e desprezível para efetuar suas más intenções contra Ele. Eles aborreciam os herodianos, todavia uniram-se a esses inveterados inimigos a fim de arranjar algum plano para livrar a Terra de Cristo. ME1 71 2 Tal foi o espírito com que o Filho de Deus foi recebido por aqueles a quem viera salvar. Pode alguém que esteja buscando obedecer a Deus, e levar ao mundo a mensagem de Sua verdade, esperar mais favorável recepção do que a que foi dispensada a Cristo? ME1 71 3 Não tenho má vontade alguma para com aqueles que estão procurando anular a mensagem que Deus deu para reprovar, advertir e animar Seu povo. Mas, como embaixadora de Cristo preciso estar na defesa da verdade. Quem são aqueles que tão zelosamente se arregimentam contra mim? São eles os puros e santos filhos da fé? Nasceram eles de novo? São participantes da natureza divina? Amam a Jesus, e manifestam Seu espírito de mansidão e humildade? "Por seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. Assemelham-se eles aos primitivos discípulos, ou àqueles astutos escribas e fariseus que estavam continuamente vigiando para enredar Cristo em Suas palavras? Observai a maneira manhosa daqueles antigos adversários da fé -- como doutores da lei, sacerdotes, escribas e principais se combinavam para encontrar qualquer coisa contra Aquele que era a luz do mundo. ME1 71 4 E por que estavam eles tão determinados em condenar a Cristo? Eles não amavam Suas doutrinas e preceitos, e desagradava-lhes ver a atenção do povo voltada para Ele, e afastada de seus antigos dirigentes. ME1 72 1 A natureza humana é ainda a natureza humana. Não se enganem os que me buscam obstruir o caminho e destruir a influência de minhas palavras com a crença de que estão fazendo o serviço de Deus. Eles estão servindo a outro senhor, e serão recompensados segundo a sua obra. ME1 72 2 A rebelião existirá enquanto existir Satanás. Os que são movidos por seu espírito não discernirão o Espírito de Deus nem Lhe escutarão a voz até que saia o decreto: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda." Apocalipse 22:11. Eu espero enfrentar a maldade daqueles que desprezam a luz que aprouve a Deus me dar. Suficiente evidência para os sinceros ME1 72 3 É plano de Deus dar suficiente evidência do caráter divino de Sua obra para convencer a todos quantos desejam sinceramente conhecer a verdade. Mas Ele nunca remove toda a oportunidade de dúvida. Todos quantos desejam pôr em dúvida e cavilar encontrarão ensejo. ME1 72 4 Compadeço-me dos que puseram os pés na vereda da dúvida e da incredulidade. De boa vontade os ajudaria, se pudesse, mas a experiência do passado pouca esperança me oferece de que eles venham um dia para a luz. Nenhuma quantidade de evidências convencerá os homens da verdade quando não estiverem dispostos a ceder seu orgulho, subjugar sua natureza carnal, e tornarem-se discípulos na escola de Cristo. ME1 72 5 Obstinação e orgulho de opinião levam muitos a rejeitar a luz do Céu. Apegam-se a idéias acariciadas, fantasiosas interpretações da Escritura, e perigosas heresias; e se for apresentado um testemunho a fim de corrigir esses erros, eles, como muitos dos dias de Cristo, afastar-se-ão desgostosos. ME1 72 6 Não importa quão irrepreensível sejam o caráter e a vida dos que falam ao povo as palavras de Deus; isto não lhes traz recomendação. E por quê? Porque eles dizem ao povo a verdade. Eis, irmãos, minha culpa. Se, porém, é posto em circulação um falso rumor, se por alguma dedução ou conjetura é lançada sobre o caráter do embaixador de Cristo uma acusação, com que absurda credulidade é recebida! Quantos estão prontos a ampliar e divulgar a calúnia! Tais pessoas revelam dessa maneira seu verdadeiro caráter. "Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus." João 8:47. ME1 73 1 Calúnia e opróbrio serão a recompensa daqueles que estão ao lado da verdade tal como é em Jesus. "Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições." 2 Timóteo 3:12. Os que dão claro testemunho contra o pecado serão com certeza tão aborrecidos como o foi o Mestre que lhes deu esta obra a fazer em Seu nome. Como Cristo, serão chamados inimigos da igreja e da religião, e quanto mais sinceros e diligentes forem seus esforços para honrar a Deus, tanto mais cruel será a inimizade dos ímpios e dos hipócritas. Não nos devemos, porém, desanimar quando assim formos tratados. "Prosseguirei com meu trabalho" ME1 73 2 Talvez sejamos chamados "fracos e loucos", entusiastas e mesmo insanos. Podem dizer a nosso respeito como disseram de Cristo: "Tem demônio." João 10:20. Mas a obra que o Mestre nos confiou é ainda a nossa obra. Precisamos dirigir o espírito dos homens para Jesus, não buscando o louvor ou a honra dos homens, mas entregando-nos Àquele que julga retamente. Ele sabe ajudar os que, enquanto Lhe seguem os passos, sofrem em limitado grau a desonra por Ele suportado. Ele foi tentado em todos os pontos como somos nós, a fim de estar habilitado a socorrer aos que são tentados. ME1 73 3 Seja qual for a má interpretação dada a meu testemunho pelos que professam justiça, todavia não conhecem a Deus, hei de avançar humildemente com meu trabalho. Falarei as palavras que Deus me dá para dizer em animação, reprovação e advertência. Não resta senão um pouco de minha vida na Terra. A obra que meu Pai me deu, pela Sua graça, hei de cumprir com fidelidade, sabendo que todos os meus atos hão de passar sob o escrutínio de Jeová. -- Manuscrito 4, 1883. A questão da porta fechada ME1 74 0 Battle Creek, Michigan, 24 de Agosto de 1874. ME1 74 1 Prezado Irmão Loughborough: Pelo presente, testifico, no temor de Deus que as acusações de Miles Grant, da Sra. Burdick, e outros, publicadas no Crisis, não são verdadeiras. As declarações referentes à minha direção em quarenta e quatro são falsas. ME1 74 2 Com meus irmãos e irmãs, após a passagem do tempo em quarenta e quatro, acreditei que não mais se converteriam pecadores. Nunca, porém tive uma visão de que não se converteriam mais pecadores. E acho-me limpa e livre para declarar que ninguém me ouviu nunca dizer ou leu de minha pena declarações que os justifiquem nas acusações que eles me têm feito quanto a esse ponto. ME1 74 3 Foi em minha primeira viagem ao leste para relatar minhas visões que me foi apresentada a preciosa luz relativa ao santuário celeste e foram-me mostradas as portas aberta e fechada. Acreditávamos que o Senhor viria em breve nas nuvens do céu. Foi-me mostrado que havia uma grande obra a ser feita no mundo por aqueles que não haviam tido a luz e rejeitado. Nossos irmãos não podiam compreender isto em face da fé que tínhamos no imediato aparecimento de Cristo. Alguns me acusaram de dizer que meu Senhor retardava Sua vinda, especialmente os fanáticos. Vi que em 44 Deus abrira uma porta e ninguém a podia fechar, e fechara uma porta e ninguém a podia abrir. Os que rejeitaram a luz que fora trazida ao mundo pela mensagem do segundo anjo, entraram em trevas, e quão grande era a treva! ME1 74 4 Nunca declarei nem escrevi que o mundo estava condenado ou perdido. Nunca, sob quaisquer circunstâncias, empreguei esta linguagem com ninguém, embora pecador. Tenho tido sempre mensagens de reprovação para aqueles que usavam essas ásperas expressões. -- Carta 2, 1874. Declaração quanto ao dia e hora da vinda de Cristo ME1 75 1 Prezada Irmã: Declarais que "alguns pretendem, entre outras coisas, que haja falta de sinceridade na supressão de vossos escritos anteriores". Darão os que essas coisas dizem, por obséquio, provas de suas declarações? Sei que isto tem sido muitas vezes repetido, mas não provado. "Pretendem que em vossos testemunhos originais, volume 1, que eles têm conservado, declarais distintamente que vos foi mostrado o dia e a hora da segunda vinda de Cristo. Seu argumento é que esta vossa declaração não resiste ao teste bíblico; visto que o próprio Cristo afirma que homem algum sabe o dia ou a hora, nem mesmo os anjos de Deus. ..." ME1 75 2 Em meu primeiro livro encontrareis a única declaração acerca do dia e hora da vinda de Cristo que fiz desde que passou o tempo de 1844. Encontra-se em Primeiros Escritos, 11, 27, 145-146 [15, 34, 285 da edição atual]. Referem-se todas ao anúncio que será feito justo antes da segunda vinda de Cristo. ME1 75 3 Buscando a p. 145 [285 da edição atual] e lendo do começo do capítulo, vereis que as declarações feitas referem-se ao livramento dos santos do tempo de angústia pela voz de Deus. Tende a bondade de obter esse livro caso o não possuais, e ler as declarações aí. Elas estão tal como foram impressas no primeiro artigo publicado. "O firmamento abria-se e fechava-se, e estava em comoção." "As montanhas oscilavam como a cana ao vento, e lançavam rochas escabrosas por todo o redor. O mar fervia como uma panela, e atirava de si pedras sobre o solo. E ao dizer Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e pronunciar o concerto eterno a Seu povo, dizia uma sentença e depois fazia pausa enquanto as palavras rolavam através da Terra." ME1 75 4 Esta é uma porção do parágrafo. As declarações às p. 11 e 27 [15 e 34 da edição atual] referem-se ao mesmo tempo. Elas contêm tudo quanto já me foi mostrado quanto ao tempo definido da vinda do Senhor. Não tenho o mais leve conhecimento quanto ao tempo anunciado pela voz de Deus. Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão. Cenas de tal emoção, solene interesse, passaram por mim de maneira que linguagem alguma é capaz de descrever. Foi tudo viva realidade para mim, pois logo a seguir a ela, apareceu a grande nuvem branca, sobre a qual estava assentado o Filho do homem. -- Carta 38, 1888. Uma antiga visão de jatos de luz ME1 76 1 Bem na minha juventude o Senhor achou por bem abrir perante mim as glórias do Céu. Fui, na visão, levada ao Céu, e o anjo me disse: "Olha." Olhei ao mundo, mergulhado como estava em densas trevas. Indescritível foi a angústia que me possuiu ao ver essa escuridão. ME1 76 2 Veio-me novamente a ordem: "Olha." E olhei novamente, de maneira intensa, sobre o mundo, e comecei a ver jatos de luz, semelhantes a estrelas que salpicavam toda essa treva; e vi então outra e mais outra luz acrescentada, e assim por toda essa negrura moral aumentavam as luzes quais estrelas. E o anjo disse: "Estes são aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo, e Lhe estão obedecendo as palavras. Esses são a luz do mundo; e, não fora por essas luzes, os juízos de Deus cairiam imediatamente sobre os transgressores da lei de Deus." Vi então esses pequeninos jatos de luz tornando-se mais brilhantes, resplandecendo do leste e do oeste, do norte e do sul, e iluminando o mundo inteiro. ME1 76 3 Acidentalmente uma dessas luzes começava a empalidecer, e outras se apagavam, e toda vez que isto acontecia havia tristeza e pranto no Céu. E algumas das luzes tornavam-se cada vez mais brilhantes, e seu brilho irradiava por longe, e muitas luzes mais a ela se acrescentavam. Houve então regozijo no Céu. Vi que os raios de luz provinham diretamente de Jesus, para formar aqueles preciosos jatos no mundo. -- Obreiros Evangélicos, 378-379. ------------------------Capítulo 6 -- Amorosa solicitude de Jesus ME1 79 1 Tenho, enquanto escrevo, profundo senso de gratidão pela amorosa solicitude de nosso Salvador por todos nós. Ao ler a Palavra de Deus e ajoelhar-me em oração, sinto-me tão impressionada com a bondade e a misericórdia divinas, que não posso fazer minha petição sem chorar. Meu coração é abrandado e vencido quando penso na bondade e amor de meu Pai celeste. Tenho fome e sede de mais e ainda mais de Jesus nesta vida. Cristo foi crucificado por mim, e hei de eu queixar-me se sou crucificada com Cristo? ... ME1 79 2 Não sabemos o que está adiante de nós, e nossa única segurança está em andar com Cristo, a mão em Sua mão, o coração cheio de perfeita confiança. Não disse Ele: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo?" Mantenhamo-nos achegados ao Salvador. Andemos humildemente com Ele, cheios de Sua mansidão. Seja o próprio eu escondido com Ele em Deus. ... O adorno exterior ME1 79 3 Os que nutrem e lisonjeiam o próprio eu, fomentando o orgulho e a vaidade, dando ao vestuário e à aparência o tempo e atenção que devem ser dados à obra do Mestre, estão incorrendo em terrível perda. Muitos que se trajam em belas vestes exteriores nada sabem do adorno interior que é precioso aos olhos de Deus. Suas boas roupas cobrem um coração pecaminoso e enfermo, cheio de vaidade e orgulho. Eles nada sabem do que signifique "buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus". Colossences 3:1. ME1 80 1 Anelo ser dia a dia cheia do Espírito de Cristo. O tesouro de Sua graça é de mais valor para mim do que ouro ou prata ou vestuários dispendiosos. Jamais senti mais sincero anseio de justiça do que atualmente. ME1 80 2 Quando minhas irmãs obtiverem um vislumbre do que Cristo sofreu em seu favor, para que se pudessem tornar filhas de Deus por adoção, não mais ficarão satisfeitas com o orgulho mundano e o amor-próprio. Não cultuarão por mais tempo o próprio eu. Deus será o supremo objeto de suas atenções. ME1 80 3 Dói-me o coração ao ser-me mostrado quantos há que fazem do próprio eu seu ídolo. Cristo pagou o preço da redenção por elas. A Ele pertence o serviço de todas as suas faculdades. Seu coração, porém, está cheio de amor-próprio, e do desejo de se adornarem a si mesmas. Não refletem nas palavras: "Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-Me." Marcos 8:34. O satisfazerem-se a si próprias está ocultando Cristo de seus olhos. Não têm nenhum desejo de andar diante de Deus em mansidão e humildade. Não estão olhando a Jesus. Não estão orando para serem transformadas à Sua semelhança. Seu caso é representado pelo homem que chegou ao banquete do rei trajado com suas vestes comuns de cidadão. Recusara-se a fazer os preparativos exigidos pelo rei. As vestes para ele providas a grande preço, desdenhou usar. À pergunta do rei: "Como entraste aqui, não tendo vestido nupcial?" (Mateus 22:12), nada pôde responder. Emudeceu; pois sentia a própria condenação. ME1 80 4 Muitos que professam ser cristãos são-no apenas de nome. Não se acham convertidos. Mantêm preeminente o próprio eu. Não se assentam aos pés de Jesus, qual Maria, para dEle aprender. Não estão prontos para a vinda de Cristo. Uma grande surpresa ME1 81 1 Achava-me, nas horas da noite, entre um grupo de pessoas cujo coração estava cheio de vaidade e presunção. Cristo estava oculto a seus olhos. De repente, em altos e claros acentos, ouviram-se estas palavras: "Jesus vem buscar para Si aqueles que, na Terra, O têm amado e servido, para ficarem com Ele em Seu reino para sempre." Muitos dos que faziam parte do grupo saíram em seus custosos trajes para encontrá-Lo. Ficavam a olhar as próprias vestes. Quando viram Sua glória, porém, e compreenderam que sua estima uns dos outros se baseara grandemente na aparência exterior, reconheceram que estavam sem as vestes da justiça de Cristo, e que o sangue de almas se encontrava em seus vestidos. ME1 81 2 Quando Cristo levou os Seus escolhidos, eles foram deixados; pois não se achavam prontos. Em sua vida, o próprio eu tivera o primeiro lugar, e ao vir o Salvador, não estavam preparados para encontrá-Lo. ME1 81 3 Acordei com o quadro de suas fisionomias angustiadas gravado em minha mente. Não posso apagar a impressão. Desejaria poder descrever a cena tal qual me foi apresentada. Oh! quão triste foi a decepção dos que não haviam aprendido por experiência o sentido das palavras: "Estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus." Colossences 3:3. ME1 81 4 Há muitos professos cristãos que não conhecem a Cristo mediante um conhecimento experimental. Oh! como me dói o coração por essas pobres almas iludidas, não preparadas! Ao achar-me perante congregações, e ver as pessoas presunçosas, cheias de justiça própria, e saber que não estão se preparando para fazer obra aceitável a Cristo, e para encontrá-Lo em paz, fico tão preocupada que não posso dormir. Pergunto-me a mim mesma: Que posso eu dizer a essas almas que as desperte para um senso de sua verdadeira condição? O próprio eu é o todo absorvente assunto de sua vida. Anseio revelar tão plenamente a Cristo, que elas O contemplem, e deixem de concentrar no próprio eu sua atenção. ... ME1 82 1 Entre aqueles a quem sobrevirá amarga decepção naquele dia do ajuste de contas final achar-se-ão alguns que foram exteriormente religiosos, e que viveram aparentemente vidas cristãs. Mas o próprio eu se acha entretecido em tudo quanto fazem. Orgulham-se de sua moralidade, sua influência, sua capacidade para ocupar posição mais alta que outros, [e] seu conhecimento da verdade, pois pensam que essas coisas lhes granjeiam o louvor de Cristo. "Senhor", alegam eles, "temos comido e bebido na Tua presença, e Tu tens ensinado nas nossas ruas." Lucas 13:25-26. "Não profetizamos nós em Teu nome? e em Teu nome não expulsamos demônios? e em Teu nome não fizemos muitas maravilhas?" Mateus 7:22. ME1 82 2 Mas Cristo diz: "Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim." "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus." Marcos 7:23, 21. ME1 82 3 Não há apelação; passou o tempo para isso. Foi pronunciada a irrevogável sentença. Eles são excluídos do Céu por sua própria inaptidão para nele habitar. Mateus 7:24-27. -- Carta 91, 1904. ME1 82 4 Por meio do plano da redenção, Deus providenciou meios para subjugar todo traço pecaminoso, e resistir a toda tentação, por forte que seja. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1885. ME1 82 5 Tivesse o povo de Deus o amor de Cristo no coração; fosse todo membro de igreja inteiramente possuído do espírito de abnegação; manifestassem todos completa sinceridade, e não haveria falta de fundos para as missões na pátria e no estrangeiro; multiplicar-se-iam nossos recursos; abrir-se-iam milhares de portas de utilidade, e seríamos convidados a entrar. Caso o desígnio de Deus houvesse sido executado por Seu povo no anunciar a mensagem de misericórdia ao mundo, Cristo teria vindo à Terra, e os santos haveriam antes disto recebido as boas-vindas na cidade de Deus. -- Australasian Union Conference Record, 15 de Outubro de 1898. ------------------------Capítulo 7 -- Cristo mantém as rédeas ME1 83 1 Os gadarenos desejaram que Cristo Se afastasse. Os de Cafarnaum O receberam, e entre eles operou maravilhosos milagres. ME1 83 2 Cristo tem todo o poder no Céu e na Terra. É o Grande Médico, a quem temos de invocar quando a padecer enfermidade física ou espiritual. Sobre os ventos e as ondas e sobre homens possuídos de demônios, mostrou Ele possuir absoluto domínio. Foram-Lhe dadas as chaves da morte e do inferno. Foram-Lhe sujeitas as potestades e potências, mesmo durante o tempo de Sua humilhação. ... ME1 83 3 Por que não exercemos maior fé no Médico divino? Como Ele operou pelo homem atacado de paralisia, assim fará hoje pelos que a Ele vão em busca de cura. Somos grandemente necessitados de mais fé. Fico alarmada ao ver a falta de fé entre nosso povo. Precisamos chegar diretamente à presença de Cristo, crendo que Ele curará nossas enfermidades de corpo e de espírito. ME1 83 4 Somos demasiado sem fé. Oh! como desejaria poder levar nosso povo a ter fé em Deus! Eles não necessitam achar que, para exercer fé, precisam agitar-se a elevado estado de agitação. Tudo quanto têm a fazer é crer na Palavra de Deus, da mesma maneira que acreditam na palavra uns dos outros. Ele o disse, e cumprirá Sua Palavra. Confiai tranqüilamente em Sua promessa, pois Ele leva a sério tudo quanto diz. Dizei: Ele me disse isto em Sua Palavra, e cumprirá toda promessa que fez. Não fiqueis desassossegados. Sede confiantes. A Palavra de Deus é fiel. Procedei como sendo vosso Pai celeste digno de confiança. ... ME1 84 1 Homens são designados para proclamar a verdade em novos lugares. Esses homens precisam ter fundos para seu sustento. Precisam também ter fundos de que sacar para auxílio aos pobres e necessitados que encontram em seu trabalho. A beneficência que manifestam para com os pobres comunica influência a seus esforços quanto à proclamação da verdade. Sua boa vontade para ajudar os necessitados, granjeia-lhes o reconhecimento daqueles a quem auxiliam, e a aprovação do Céu. ME1 84 2 Esses fiéis obreiros devem ter a solidariedade da igreja. O Senhor ouvirá as súplicas em favor deles. E a igreja não deve deixar de mostrar interesse prático em seu trabalho. ME1 84 3 Ninguém vive para si. Na obra de Deus é designado a cada um seu posto de dever. A união de todos robustece a obra de cada um. À medida que a fé e o amor e a unidade da igreja se fortalecem mais, amplia-se-lhes o círculo de influência, e eles devem alcançar o mais amplo limite dessa influência, estendendo constantemente os triunfos da cruz. "Levanta-te, resplandece" ME1 84 4 Deus nos chama a romper os laços de nosso formal serviço dentro de casa. A mensagem do evangelho deve ser levada às cidades e fora das cidades. Devemos convidar todos a reunirem-se em torno da bandeira da cruz. Quando esta obra for feita como deve ser, quando trabalharmos com zelo divino para acrescentar conversos à verdade, o mundo verá que a mensagem da verdade é acompanhada de poder. A unidade dos crentes dá testemunho do poder da verdade que pode levar à perfeita harmonia homens de disposições diversas, fazendo de seus interesses um só. ME1 84 5 As orações e ofertas dos crentes são aliadas a esforços abnegados e fervorosos, e eles são na verdade um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Os homens são novamente convertidos. A mão que outrora buscava agarrar a recompensa em maiores ganhos, tornou-se a mão ajudadora de Deus. Os crentes são unidos por um só interesse -- o desejo de fazer centros da verdade onde Deus seja exaltado. Cristo une-Se a eles em santos laços de união e amor, laços de irresistível poder. ME1 85 1 Foi por essa união que Jesus orou antes de Seu julgamento, mesmo a um passo da cruz. "Para que todos sejam um", disse Ele, "como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:21. ME1 85 2 Deus apela aos que se encontram meio acordados para despertar e empenharem-se em diligente labor, orando a Ele por forças para o serviço. Necessitam-se obreiros. Não é preciso seguirem-se regras de rigorosa precisão. Recebei o Espírito Santo, e vossos esforços serão bem-sucedidos. A presença de Cristo, eis o que dá poder. Cesse toda dissensão e contenda. Prevaleça o amor e a unidade. Movam-se todos sob a direção do Espírito Santo. Caso o povo de Deus se entregue inteiramente a Ele, Ele lhes restaurará o poder que perderam pela divisão. Ajude-nos Deus, a todos nós, a compreender que desunião é fraqueza e que união é força. -- Carta 32, 1903. Falar de fé ME1 85 3 Surja o que surgir, nunca vos desanimeis. O Senhor nos ama, e cumprirá Sua palavra. Procurai estimular nos doentes a confiança em Deus. Recomendai-lhes estarem de bom ânimo. Falai de esperança mesmo até ao fim. Caso hajam de morrer, que morram louvando ao Senhor. Ele vive sempre; e embora alguns de Seus fiéis seguidores hajam de morrer, suas obras os seguirão, e hão de ter um jubiloso despertar na manhã da ressurreição. ME1 85 4 Não percamos a coragem. Não falemos de dúvidas, mas de fé; pois a fé traz infinito poder. Caso lancemos mão desse poder, e não confiemos em nossa própria força humana, veremos a salvação de Deus. -- The Review and Herald, 30 de Dezembro de 1909. ------------------------Capítulo 8 -- Pronto a gastar e a deixar-se gastar ME1 86 1 Aquele que amar supremamente a Deus e ao próximo como a si mesmo, trabalhará com a constante compreensão de que é um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Tornando a vontade de Deus sua própria vontade, revelará na própria vida o poder transformador da graça de Cristo. Em todas as circunstâncias da vida, tomará como guia o exemplo de Cristo. ME1 86 2 Todo fiel e abnegado obreiro de Deus está disposto a gastar e deixar-se gastar por amor dos outros. Cristo diz: "Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo aborrece a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna." João 12:25. Mediante diligentes, refletidos esforços para ajudar onde é necessário o auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor para com Deus e seus semelhantes. Pode perder a vida no serviço. Mas quando Cristo vier buscar Suas jóias para Si, tornará a achá-la. ME1 86 3 Meus irmãos e irmãs, não gasteis grande soma de dinheiro e de tempo com o próprio eu, por amor da aparência. Os que assim fazem são obrigados a deixar por fazer muitas coisas que seriam de conforto para outros, transmitindo um cálido clarão a seu espírito fatigado. Necessitamos todos aprender a aproveitar mais fielmente as oportunidades que tantas vezes nos vêm para levar luz e esperança à vida dos outros. Como podemos nós aproveitar essas oportunidades se nossos pensamentos se acham centralizados no próprio eu? Aquele que é egocêntrico perde inúmeras oportunidades para fazer aquilo que haveria trazido bênçãos aos outros e a ele próprio. É o dever do servo de Cristo, em toda circunstância, perguntar-se a si mesmo: "Que posso fazer para ajudar a outros?" Havendo feito tudo a seu alcance, deve deixar as conseqüências com Deus. ME1 87 1 Desejo viver de maneira que, na vida futura eu possa sentir que fiz nesta vida o que me era possível. Deus providenciou para cada um prazeres que podem ser fruídos igualmente por ricos e pobres -- os prazeres experimentados no cultivo da pureza de pensamento e na abnegada ação; os prazeres que provêm de proferir palavras de simpatia e de praticar atos de bondade. Irradia dos que realizam tal serviço a luz de Cristo para aclarar vidas obscurecidas por muitas sombras. ME1 87 2 Deus é desonrado quando deixamos de dizer claramente a verdade uns aos outros. Devemos, porém, dizer a verdade em amor, pondo ternura e benevolência em nossa voz. ME1 87 3 Os perigos dos últimos dias estão a alcançar-nos. Os que vivem para agradarem-se e satisfazerem-se a si mesmos estão desonrando ao Senhor. Ele não pode operar por intermédio deles, pois O representariam mal perante os que são ignorantes da verdade. Cuidai muito em não impedir, por desavisado gasto de meios, a obra que o Senhor quereria que fosse feita na proclamação da mensagem de advertência a um mundo que jaz na iniqüidade. Dai consideração à economia, cortando vossas despesas pessoais aos mais reduzidos algarismos. De todos os lados as necessidades da causa de Deus exigem auxílio. Deus talvez veja que estais nutrindo o orgulho. Talvez veja que é necessário retirar-vos bênçãos que, em vez de aproveitar, tendes usado para satisfação de orgulho egoísta. ... Auxílio em todo tempo de necessidade ME1 87 4 Aqueles que estão trabalhando em lugares em que a obra foi iniciada não há muito, encontrar-se-ão muitas vezes em grande necessidade de um pouco mais de conforto. Sua obra parecerá ser estorvada por falta desses meios; não se aflijam, porém. Levem eles todo o assunto ao Senhor era oração. Quando tentando estabelecer a obra em novo território, chegamos muitas vezes ao limite de nossos recursos. Ocasiões, parecia como se não pudéssemos ir mais longe. Mas continuamos a enviar às cortes celestes nossas petições, abnegando-nos sempre; e Deus ouviu e respondeu a nossas orações, enviando-nos meios para o avançamento da obra. ME1 88 1 Deponde todo cuidado aos pés do Redentor. "Pedi, e recebereis." João 16:24. Trabalhai, e orai, e crede de todo o coração. Não espereis até que o dinheiro vos esteja nas mãos antes de fazer alguma coisa. Avançai pela fé. Deus declarou que a bandeira da verdade deve ser firmada em muitos lugares. Aprendei a crer, enquanto pedis auxílio a Deus. Exercei abnegação; pois toda a vida de Cristo aqui na Terra foi uma vida de abnegação. Ele veio para mostrar-nos o que nos cumpre ser e fazer a fim de obter a vida eterna. ME1 88 2 Fazei o máximo ao vosso alcance, e então esperai, paciente, esperançosa, alegremente, porque a promessa de Deus não pode falhar. O fracasso sobrevém porque muitos dos que podiam pôr seus meios em circulação para o avançamento da causa de Deus têm falta de fé. Quanto mais tempo eles retiverem os meios, tanto menos fé hão de ter. Eles são construtores de barreiras, que retardam terrivelmente a obra de Deus. ME1 88 3 Caros coobreiros, sede fiéis, esperançosos, heróicos. Seja todo golpe dado por fé. Ao fazerdes o que estiver ao vosso alcance, o Senhor vos retribuirá a fidelidade. Tirai, da fonte doadora de vida, energia física, mental e espiritual. Varonilidade, feminilidade -- santificada, purificada, refinada, enobrecida -- temos a promessa de receber. Necessitamos aquela fé que nos habilitará a resistir ver Aquele que é invisível. Ao fixardes nEle o olhar, encher-vos-eis de profundo amor pelas almas por quem Ele morreu, e recebereis forças para renovado esforço. ME1 88 4 Cristo é nossa única esperança. Vinde a Deus no nome dAquele que deu a vida pelo mundo. Descansai na eficácia de Seu sacrifício. Mostrai que Seu amor, Sua alegria, se encontram em vossa alma, e que por isso é completa a vossa alegria. Basta de falar de incredulidade. Em Deus está a nossa força. Orai muito. A oração é a vida da alma. A oração da fé é a arma pela qual podemos resistir com êxito a todo assalto do inimigo. -- Manuscrito 24, 1904. ------------------------Capítulo 9 -- "Examinai-vos a vós mesmos" ME1 89 1 "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos." 2 Coríntios 13:5. Criticai rigorosamente o temperamento, a disposição, os pensamentos, palavras, inclinações, desígnios e ações. Como podemos pedir inteligentemente as coisas de que necessitamos a menos que provemos pelas Escrituras a condição de nossa saúde espiritual? ME1 89 2 Muitos, em sua vida religiosa, estão fazendo tortuosas veredas para seus pés. Suas orações são feitas de maneira frouxa, casual. Aquele que é colocado em posição de responsabilidade, deve lembrar que, por si mesmo, ele não é capaz de fazer o que dele é exigido. Todo dia deve ele lembrar que é um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. ME1 89 3 Ninguém deve esperar ser levado a campos de trabalho e provido de dispendiosos recursos para trabalhar bem. Aquele que serve precisa empreender animosamente sua obra, por humilde que seja, e onde quer que seja colocado. Cristo, nosso exemplo em todas as coisas, era pobre, para que pela Sua pobreza pudesse enriquecer a muitos. ME1 89 4 Aquele cujo coração é cheio da graça de Deus e de amor por seus semelhantes a perecer, encontrará oportunidade onde quer que seja colocado, para dizer uma palavra a tempo aos que estão cansados. Os cristãos devem trabalhar por seu Mestre em humildade e mansidão, apegando-se firmemente a sua integridade por entre o ruído e o burburinho da vida. ME1 90 1 Deus chama os homens a servi-Lo em todas as realizações da vida. O negócio é um laço quando a lei de Deus não é feita a lei da vida diária. Aquele que tem qualquer coisa que ver com a obra do Mestre deve manter incondicional integridade. Em todas as transações de negócio, da mesma maneira que quando de joelhos, busca auxílio do alto, a vontade de Deus deve ser a sua vontade. Ele deve ter sempre a Deus diante de si, estudando constantemente os assuntos de que fala a Santa Escritura. Assim, se bem vivendo no meio daquilo que aviltaria o homem de princípios frouxos, o homem piedoso e de austera integridade conserva o cristianismo. ME1 90 2 O mundo não é hoje mais favorável ao desenvolvimento cristão do caráter do que nos dias de Noé. A iniqüidade então era tão generalizada que Deus disse: "Destruirei, de sobre a face da Terra, o homem que criei; desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque Me arrependo de os haver feito. Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. ... Noé era varão justo e reto em suas gerações; Noé andava com Deus." Gênesis 6:7-9. Sim, em meio da corrupção daquela época degenerada, Noé era um prazer a seu Criador. ME1 90 3 Vivemos nos últimos dias da história terrestre, numa era de pecado e corrupção, e como Noé devemos viver de tal maneira que sejamos um prazer a Deus, anunciando os louvores dAquele "que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz". 1 Pedro 2:9. Na oração dirigida por Cristo a Seu Pai justo antes de Sua crucifixão, Ele disse: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal." João 17:15. O mais elevado serviço ME1 90 4 Quando homens e mulheres houverem formado caráter que Deus possa sancionar, quando sua abnegação e espírito de sacrifício estiverem consumados, quando estiverem prontos para a prova final, prontos para serem introduzidos na família de Deus, que serviço será mais alto na estima dAquele que Se deu a Si mesmo em oferta voluntária para salvar a raça culpada? Que empreendimento será mais precioso ao coração do amor infinito? Que obra proporcionará a máxima satisfação e alegria ao Pai e ao Filho? -- A salvação de almas a perecer. Cristo morreu para trazer aos homens o salvador poder do evangelho. Aqueles que cooperam com Ele em levar avante Seu grande empreendimento de misericórdia, trabalhando com toda a energia que Deus lhes deu para salvar os de perto e os de longe, hão de partilhar da alegria do Redentor quando os redimidos estiverem ao redor do trono de Deus. ME1 91 1 O Senhor confiou meios e capacidades a Seus servos para fazerem uma obra incomparavelmente mais alta do que aquela que hoje se oferece a Seus olhos. ME1 91 2 "Oh", disse o mensageiro celeste, "as instituições do Senhor se encontram terrivelmente aquém da grandeza das verdades que se estão cumprindo no tempo atual! Há uma horrível má compreensão dos reclamos do dever. A gélida atmosfera em que os crentes se contentam de viver retarda os movimentos de abnegação que devem ser feitos para advertir o mundo e salvar almas. ME1 91 3 "Os poderes das trevas estão operando com intensidade de esforço e ano a ano milhares de pessoas, de todas as tribos e nações e línguas, passam à eternidade inadvertidas e não preparadas. Nossa fé deve significar alguma coisa mais definida, mais decidida, mais importante. ME1 91 4 "Perguntai às minhas instituições e igrejas: 'Credes na Palavra de Deus? Que estais então fazendo no sentido missionário? Estais vós trabalhando com abnegação e sacrifício? Credes que a Palavra de Deus quer dizer aquilo que diz? Vossas ações mostram que não. Como enfrentareis no tribunal de Deus os incontáveis milhões que, inadvertidos, estão passando à eternidade? ME1 91 5 "'Haverá um outro tempo de graça? Não, não. Este engano deve ser imediatamente abandonado. O atual tempo de graça é tudo quanto havemos de ter. Compreendeis que a salvação de seres humanos caídos precisa ser assegurada na vida presente, ou eles estarão para sempre perdidos?'" Nossa responsabilidade ME1 92 1 A mensagem laodiceana aplica-se à igreja nestes dias. Credes nesta mensagem? Tendes corações que sentem? Ou dizeis constantemente: Ricos somos, e estamos enriquecidos, e de nada temos falta? Será em vão que a declaração da verdade eterna foi dada a esta nação para ser levada a todas as nações do mundo? Deus escolheu um povo e fê-los mordomos da verdade repleta de resultados eternos. Foi-lhes confiada a luz que tem de iluminar o mundo. Acaso cometeu o Senhor um erro? Somos nós em verdade os instrumentos de Sua escolha? Somos nós os homens e as mulheres que devem levar ao mundo as mensagens de Apocalipse catorze, proclamar a mensagem de salvação aos que se encontram à beira da ruína? Agimos nós como se o fôssemos? ME1 92 2 Em voz clara, determinada, disse o mensageiro: "Pergunto-vos: Que estais fazendo? Oh! se compreendêsseis! Oh! se entendêsseis a importância da advertência e o que ela significa para vós e o mundo! Se compreendêsseis, se fôsseis cheios do espírito dAquele que deu a vida pela vida do mundo, cooperaríeis com Ele, fazendo sinceros, abnegados esforços para salvar pecadores." ME1 92 3 "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." 1 João 2:4. Precisa vir à igreja um grande reavivamento. Se tão somente soubéssemos, se tão-somente entendêssemos, quão rápido iria de igreja em igreja o espírito da mensagem! Quão voluntariamente seriam os meios dos crentes dados para manutenção da obra de Deus. Ele nos pede para orar e vigiar em oração. Limpai vossos lares das fotografias-ídolos que têm consumido o dinheiro que devia fluir para o tesouro do Senhor. A luz precisa sair como uma lâmpada a arder. Os que levam a mensagem ao mundo devem buscar diligentemente ao Senhor, para que Seu Espírito Santo seja abundantemente derramado sobre eles. Não tendes tempo a perder. Orai pedindo o poder de Deus, para que trabalheis com êxito pelos que se acham perto e os de longe. Advertências a serem dadas ME1 93 1 É preciso termos fé genuína. Até aqui mal aprendemos a realidade da verdade. Cremos apenas parcialmente na Palavra de Deus. O homem age segundo toda a fé que tem. Não obstante os sinais dos tempos estarem-se cumprindo por todo o mundo, a fé na vinda do Senhor tem estado a enfraquecer. Importa que se dêem clara, distinta e seguramente as advertências. Com perigo para nossa alma temos de aprender as condições prescritas sob que temos de operar nossa própria salvação, lembrando-nos de que é Deus que em nós opera, tanto o querer como o perfazer, segundo a Sua boa vontade. ME1 93 2 Não nos ajudará flutuar segundo a corrente, guiados pela tradição ou por presunçosos enganos. Somos chamados coobreiros de Deus. Levantemo-nos pois, e resplandeçamos. Não há tempo a gastar em polêmicas. Os que possuem certo conhecimento da verdade tal como é em Jesus, precisam tornar-se agora um no coração e no desígnio. Todas as diferenças devem ser banidas. Os membros da igreja precisam trabalhar unidos sob a direção do grande Líder da igreja. ME1 93 3 Levantem-se os que possuem conhecimento da verdade, e resplandeçam. "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta." Isaías 58:1. Não mutileis por mais tempo a verdade. Clame a alma pelo Deus vivo. Deixai-vos dos homens cujo fôlego está em seu nariz. Virá a vós o Consolador, se Lhe abrirdes a porta. "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." Hebreus 4:14-16. -- Manuscrito 51, 1901. ------------------------Capítulo 10 -- Os anjos bons são mais poderosos que os anjos maus ME1 94 1 É expressamente declarado que Satanás trabalha nos filhos da desobediência, não somente tendo acesso à mente deles, mas operando por meio de sua influência, consciente e inconsciente, para atrair outros à mesma desobediência. Se os anjos maus têm tal poder sobre os filhos dos homens em sua desobediência, quão maior poder têm os anjos bons sobre aqueles que estão se esforçando para serem obedientes! Quando pomos em Jesus Cristo a confiança, operando a obediência para a justiça, anjos de Deus operam em nosso coração para a justiça. ... ME1 94 2 Anjos vieram e ministraram a nosso Senhor no deserto da tentação. Anjos celestes estiveram com Ele durante todo o período em que Ele esteve exposto aos assaltos dos instrumentos satânicos. Esses assaltos foram mais fortes do que o homem jamais sofreu. Tudo estava em jogo em favor da família humana. Nesse conflito Cristo nem sequer formulou Suas palavras. Dependeu do "Está escrito". Mateus 4:4. Nessa luta a humanidade de Cristo foi provada como nenhum de nós nunca saberá. O Príncipe da vida e o príncipe das trevas encontraram-se em terrível conflito, mas Satanás não conseguiu lograr a mínima vantagem em palavra ou ação. Essas foram tentações reais, não aparentes. Cristo "sendo tentado, padeceu". Hebreus 2:18. Anjos do Céu se achavam na cena naquela ocasião, e mantiveram erguido o estandarte, para que Satanás não ultrapassasse seus limites e sobrepujasse a natureza humana de Cristo. ME1 95 1 Na última tentação Satanás apresentou a Cristo a perspectiva de ganhar todo o mundo com toda a sua glória, se tão somente Ele adorasse aquele que pretendia ser enviado de Deus. Cristo precisou então emitir Sua ordem. Precisou exercer autoridade acima de todas as agências satânicas. A divindade irradiou através da humanidade, e Satanás foi sumariamente repelido. "Vai-te, Satanás", disse Cristo, "porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Mateus 4:10. ME1 95 2 Bastou. Satanás não pôde ir mais longe. Anjos ministraram ao Salvador. Anjos trouxeram-Lhe alimento. A dureza do conflito, mente alguma humana pode abranger. Achava-se em jogo o bem de toda a família humana e o do próprio Cristo. Um consentimento de Cristo, uma palavra de concessão, e o mundo seria reclamado por Satanás como seu; e ele, o príncipe das potestades das trevas, supunha ele, iniciaria seu governo. Ali apareceu a Cristo um anjo vindo do Céu; pois o conflito terminara. O poder humano estava pronto a falhar. Mas todo o Céu entoou o cântico da vitória eterna. ME1 95 3 A família humana tem todo o auxílio que teve Cristo em Seus conflitos com Satanás. Não necessitam ser vencidos. Podem ser mais que vencedores por Aquele que os amou e deu Sua vida por eles. "Fostes comprados por bom preço." 1 Coríntios 6:20. E que preço! O Filho de Deus, em Sua humanidade, lutou com as mesmas cruéis, aparentemente esmagadoras tentações que assediam os homens -- tentações para condescender com o apetite, a se aventurarem presunçosamente aonde Deus os não conduziu, e darem culto ao deus deste mundo, sacrificarem uma eternidade de bem-aventurança pelos fascinantes prazeres desta vida. Cada um será tentado, mas a Palavra declara que não seremos tentados acima do que podemos suportar. Podemos resistir e derrotar o astuto inimigo. Um céu a ganhar ME1 96 1 Toda alma tem um Céu a ganhar, e um inferno a evitar. E as instrumentalidades angélicas acham-se todas prontas a vir em auxílio da alma tentada e provada. Ele, o Filho do infinito Deus, resistiu à prova em nosso favor. A cruz do Calvário ergue-se vividamente diante de toda alma. Quando o caso de todos for julgado, e eles [os perdidos] forem entregues a sofrer por seu desprezo a Deus e sua desconsideração de Sua honra em sua desobediência, ninguém terá desculpa alguma, ninguém teria necessidade de haver perecido. Foi deixado a sua própria escolha quem seria seu príncipe -- Cristo ou Satanás. Todo o auxílio que Cristo recebeu, cada homem pode receber na grande prova. A cruz se ergue como um penhor de que ninguém precisa perder-se, de que é provida abundante ajuda para cada alma. É-nos possível vencer os agentes satânicos, ou podemos unir-nos aos poderes que buscam neutralizar a obra de Deus em nosso mundo! ... ME1 96 2 Temos um Advogado pleiteando em nosso favor. O Espírito Santo está continuamente empenhado em observar nosso procedimento. Necessitamos agora viva percepção, para que, por nossa piedade prática, a verdade se mostre verdade como é em Jesus. Os agentes angélicos são mensageiros do Céu, realmente subindo e descendo, mantendo a Terra em constante ligação com o Céu. Esses mensageiros angélicos observam todo o nosso procedimento. Estão prontos a ajudar todos em sua fraqueza, guardando a todos de perigo moral e físico, segundo a providência divina. E sempre que as almas se submetem à enternecedora, subjugante influência do Espírito de Deus, sob a ministração desses anjos, há alegria no Céu; o próprio Senhor regozija-Se com cântico. ME1 96 3 Os homens tomam demasiada glória para si. É a obra dos instrumentos celestes cooperar com os instrumentos humanos segundo o plano de Deus que traz o resultado na conversão e santificação do caráter humano. Não podemos ver nem poderíamos resistir à glória das ministrações angélicas, não fosse ela velada em condescendência para com a fraqueza de nossa natureza humana. O esplendor da glória celeste, como se vê nos anjos de luz, aniquilaria os terrestres mortais. Os anjos estão operando na mente humana na proporção em que esta se entrega ao seu cuidado; trazem-lhe vivamente lembranças preciosas, como fizeram às mulheres ao redor do sepulcro. ME1 97 1 Um instrumento criado é empregado no organizado plano do Céu para a renovação de nossa natureza, operando nos filhos da desobediência a obediência a Deus. A guarda do exército celeste é assegurada a todos os que trabalharem pelas maneiras de Deus e Lhe seguirem os planos. Podemos, em oração fervorosa e contrita, chamar para nosso lado os auxiliares celestes. Exércitos invisíveis de luz e poder operarão juntamente com os humildes, mansos e submissos. -- Carta 116, 1899. Anjos em busca de cooperação ME1 97 2 Satanás emprega instrumentos humanos para levar a alma a ficar sob o poder da tentação, mas os anjos de Deus estão buscando instrumentos humanos por meio de quem possam cooperar para salvar os tentados. Os anjos procuram os que trabalhem segundo os métodos de Cristo, que sejam movidos pela compreensão de que a Ele pertencem. Estão à procura daqueles que sintam que as pessoas que caem em tentação, sejam elevadas ou humildes, são as necessitadas de seu trabalho especial, e que Cristo olha aos que são passados por alto, negligenciados, feridos e contundidos pelo adversário, a ponto de morrer, e é ofendido pela dureza dos homens que se recusam a exercer a fé que opera por amor e purifica a alma. ME1 97 3 Os anjos de Deus trabalharão com os que cooperarem com os agentes celestes, e por meio deles e por eles, em benefício da salvação de uma alma da morte, e do cobrir multidão de pecados, o que os levará a considerarem a si mesmos, para que não sejam também tentados. ME1 97 4 É o doente que necessita de médico, não os sãos. Quando trabalhais em favor dos que o não necessitam, e não dais atenção justamente àqueles a quem vossas palavras e ações poderiam beneficiar, estais formando um caráter não segundo a semelhança de Cristo. -- Carta 70, 1894. ------------------------Capítulo 11 -- Quanto valemos? ME1 98 1 O Senhor deseja que cada um de nós seja decididamente sincero. Não nos podemos permitir um erro em assuntos espirituais. A questão de vida e morte quanto a nós, é: "Que farei para que me possa salvar -- salvar eternamente?" "Que farei para herdar a vida eterna -- uma vida que se meça pela vida de Deus?" Esta é uma pergunta que nos convém, a cada um, considerar cuidadosamente. ... ME1 98 2 Enquanto vivemos neste mundo devemos ser a mão ajudadora de Deus. Paulo declarou: "Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. Devemos cooperar com Deus em toda medida que Ele deseja executar. Estamos nós cumprindo o eterno desígnio de Deus? Estamos buscando dia a dia ter a mente de Cristo e fazer Sua vontade em palavras e obras? ME1 98 3 Em que condição se encontra hoje a família humana! Tendes acaso visto nunca dantes tal tempo de confusão -- de violência, de homicídio, roubo e toda espécie de crime? Onde, neste tempo, nos achamos nós, individualmente? ME1 98 4 No capítulo cinqüenta e oito de Isaías, lemos a respeito daqueles que jejuam "para contendas e debates" e "para dardes punhadas impiamente" e aprendemos que Deus não aceitará esse jejum. "Não jejueis como hoje", declara Ele, "para fazer ouvir a vossa voz no alto." Isaías 58:4. ME1 99 1 "Seria este o jejum que Eu escolheria: que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao Senhor? ME1 99 2 "Porventura não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo [em vez de atá-las]? e que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?" Isaías 58:5-7. Recompensa ME1 99 3 "Então [depois de praticarem essas obras de misericórdia e necessidade] romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda." Isaías 58:8. ME1 99 4 Devemos pôr em prática os preceitos da lei, e assim temos a justiça diante de nós; a retaguarda será a glória de Deus. A luz da justiça de Cristo será nossa vanguarda, e a glória do Senhor será nossa retaguarda. Demos graças ao Senhor por esta certeza. Fiquemos sempre numa posição em que o Senhor Deus do Céu nos possa favorecer. Consideremos que é nosso alto privilégio estar em ligação com Deus -- servir-Lhe de mão ajudadora. ME1 99 5 No grande plano de Deus para redenção da raça perdida, Ele Se colocou na necessidade de empregar os instrumentos humanos como Sua mão ajudadora. Ele precisa ter uma mão ajudadora para atingir a humanidade. Precisa ter a cooperação dos que hão de ser ativos, prontos a ver oportunidades, prontos a discernir o que precisa ser feito por seus semelhantes. ME1 100 1 Cristo deu a vida por homens e mulheres pecadores. Desejava salvar a raça de uma vida de transgressão para a vida de obediência e justiça; e aos que O aceitam como seu Redentor Ele oferece a mais preciosa recompensa que o Céu pode outorgar -- isto é, a herança da vida eterna. ... ME1 100 2 Oh! se pudéssemos compreender mais plenamente o preço infinito que foi pago por nossa redenção! Paulo declara: "Fostes comprados por bom preço" (1 Coríntios 6:20); e é verdade; pois o preço pago não é nada menos que a vida do unigênito Filho de Deus. Consideremos todos isto. Podemos recusar os convites que Cristo nos envia; podemos negligenciar Seu oferecimento de perdão e paz; permanece, porém, um fato, que cada um de nós foi comprado por preço -- o precioso sangue do Filho de Deus. Portanto, "considerai, pois, Aquele". Hebreus 12:3. Custastes muito. "Glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:20. Aquilo que considerais como vosso é de Deus. Cuidai de Sua propriedade. Ele vos comprou com preço infinito. Vosso espírito pertence-Lhe. Que direito tem uma pessoa de maltratar um corpo que não lhe pertence, mas ao Senhor Jesus Cristo? Que satisfação pode alguém ter em diminuir gradualmente as faculdades do corpo e da mente mediante condescendências egoístas de qualquer espécie? ME1 100 3 Deus deu a todo ser humano um cérebro. Deseja que ele seja usado para glória Sua. Por meio dele é o homem habilitado a cooperar com Deus em esforços para salvar semelhantes mortais prestes a morrer. Não possuímos demasiado poder cerebral ou faculdades de raciocínio. Cumpre-nos educar e exercitar toda faculdade da mente e do corpo -- o mecanismo humano que Cristo adquiriu -- de maneira a podermos pô-lo no melhor uso possível. Devemos fazer tudo quanto pudermos para fortalecer essas faculdades; pois Deus Se agrada de que nos tornemos mais e mais eficientes colaboradores Seus. ME1 100 4 Diz-se daqueles que fizerem fielmente sua parte: "Somos cooperadores de Deus." 1 Coríntios 3:9. Separado do auxílio divino, o homem bem pouco pode fazer; mas o Pai celeste e Seu Filho estão prontos a trabalhar por meio de todo aquele que se consagra inteiramente no altar do serviço. Toda alma diante de mim pode cooperar com Deus, e trabalhar de maneira aceitável para Ele. O Senhor deseja que todos nós nos arregimentemos. Ele deu a todo homem determinada obra, segundo suas várias aptidões. ... Experiência individual ME1 101 1 Na idade de dezessete anos, quando todos os meus amigos me consideravam uma inválida para a vida em resultado de rude acidente que sofri na infância, um visitante celeste veio e me falou, dizendo: "Tenho uma mensagem para dares." "Ora", pensei, "há certamente um grande engano em qualquer parte." Novamente foram proferidas as palavras: "Tenho uma mensagem para dares. Escreve para o povo aquilo que eu te der." Até então minha mão trêmula não havia sido capaz de escrever uma linha. Respondi: "Não posso fazê-lo; não posso fazê-lo." "Escreve! escreve!" foram as palavras proferidas outra vez. Tomei papel e pena, e comecei a escrever; e quanto tenho escrito desde então, é impossível calcular. A força, o poder, era de Deus. ME1 101 2 Desde aquele tempo, os livros que tenho escrito têm sido publicados em muitas, muitas línguas, e têm ido a todas as partes da Terra. Faz pouco tempo recebi notícia de que um exemplar de um de meus livros fora benevolamente recebido pela rainha da Alemanha, e que ela escrevera bondosa carta expressando apreciação do volume. Ao Senhor seja todo louvor. ME1 101 3 Não podemos, de nós mesmos, fazer bem algum. Temos, porém, o privilégio de colocar-nos na devida relação para com Deus, e decidir que, com Seu auxílio, faremos nossa parte nessa obra, para melhorá-la. Na vida daqueles que humildemente, e todavia sem vacilar cumprem esta resolução, revelar-se-á a glória de Deus. Sei isso por experiência. Não tenho tido nenhum poder de mim mesma. Tenho compreendido que preciso lançar minha alma impotente sobre Jesus Cristo; e em resultado de assim fazer, de orar e de crer, a salvação de Deus tem ido adiante de mim, e a glória do Senhor tem seguido. ME1 101 4 Digo-vos aquilo que sei, para vosso encorajamento e conforto. Ponhamo-nos todos na devida relação para com Deus. Que satisfação se pode achar em seguir as modas do mundo? Tendes obra melhor a fazer. Moldar o caráter. Empregai toda capacidade, todo nervo, todo músculo, pensamento e ação para a glória de Deus. Vereis então, como nunca o fizestes, indo adiante de vós a salvação de Deus. ME1 102 1 Oh! não tenho de que me queixar. O Senhor nunca me faltou. Depus na sepultura meu marido há vinte e dois anos; e vários anos mais tarde, quando foi tomada a decisão de que mais missionários deviam ir à Austrália para se unirem aos poucos que haviam sido enviados, para lá fomos nós mesmos para fortalecer as mãos de nossos irmãos e estabelecer a obra nos devidos moldes nesse novo centro. Ali fizemos muita obra pioneira. Ajudando a estabelecer uma escola ME1 102 2 Vimos a grande necessidade de uma escola em que promissores jovens de ambos os sexos pudessem ser preparados para o serviço do Mestre; e fomos direto para as matas em Nova Gales do Sul, compramos mil e quinhentos acres de terra, e aí estabelecemos uma escola missionária distante das cidades. ... ME1 102 3 Regressamos três anos atrás à América do Norte. Outros foram enviados à Austrália para tomar nossos lugares. A obra continuou a crescer; todos os esforços têm sido acompanhados de prosperidade. Gostaria de que pudésseis ler as cartas que nos chegam. Indubitavelmente, ouvistes falar da terrível seca que ocasionou fome em tantas regiões da Austrália durante os passados dois anos. Centenas de milhares de ovelhas e gado e cavalos pereceram. Em todas as colônias, e em especial em Queensland, o sofrimento e prejuízos materiais foram grandes. ME1 102 4 O lugar escolhido para nossa escola missionária, porém, tem tido suficiente chuva para a boa terra de pasto e abundantes colheitas; na verdade, nas assembléias legislativas e nos jornais das grandes cidades foi especificado como "o único lugar verde em toda a Nova Gales do Sul". ME1 102 5 Não é isto notável? Não tem o Senhor abençoado? De uma das notícias recebidas, sabemos que o ano passado três mil e quinhentos quilos de mel da melhor qualidade foram produzidos nos terrenos da escola. Grandes quantidades de hortaliças foram cultivadas, e a venda do excesso tem sido fonte de considerável lucro para a escola. Tudo isso é bastante animador para nós; pois tomamos uma terra inculta, e ajudamos a levá-la a seu atual estado frutífero. Ao Senhor rendemos todo o louvor. ME1 103 1 Em toda terra e em toda comunidade há muitas ocasiões para serviço prestativo. Mesmo nesses vales em que ora vivemos, há famílias que necessitam auxílio no sentido espiritual. Atentai para esses. Empregai vosso talento, habilidade, ajudando-os. Dai-vos primeiramente ao Mestre; então Ele trabalhará convosco. A cada homem dá Ele sua obra. Está a Irmã White enriquecendo? ME1 103 2 Tem sido dito por vezes que estou procurando ficar rica. Alguns nos têm escrito, indagando: "Não é a fortuna da Sra. White de milhões de dólares?" Folgo em poder dizer: "Não." Não possuo neste mundo qualquer lugar livre de dívida. Por quê? -- Porque vejo tanto trabalho missionário a fazer. Em tais circunstâncias, poderia eu amontoar dinheiro? -- Não, em verdade. Recebo direitos autorais da venda de meus livros; mas quase tudo é gasto em trabalho missionário. ME1 103 3 O diretor de uma de nossas casas publicadoras em afastado país estrangeiro, ao ouvir de outros, recentemente, que eu me achava em necessidade de meios, mandou-me um cheque de quinhentos dólares; e na carta que acompanhava o dinheiro, disse ele que, em troca dos milhares de milhares de dólares de direitos autorais que eu enviara a seu campo missionário para tradução e distribuição de livros novos, e para manutenção de novos empreendimentos missionários, ele incluía os quinhentos dólares como pequenino testemunho da apreciação deles. Enviaram-no em virtude de seu desejo de ajudar-me em meu momento de necessidade especial; mas até aqui tenho dado para manutenção da causa do Senhor em terras estrangeiras todos os direitos autorais que me vêm da venda de meus livros estrangeiros na Europa; e pretendo devolver estes quinhentos dólares assim que me seja possível livrar-me de débito. ME1 103 4 Para glória de Deus, dir-vos-ei que há cerca de quatro anos Ele me habilitou a terminar de escrever um livro acerca das parábolas de Jesus, e então Ele me pôs no coração dar esse livro para o desenvolvimento de nossa obra educativa denominacional. ME1 104 1 Naquela época algumas de nossas escolas missionárias maiores e colégios se achavam em pesados débitos; mas mediante os esforços de nosso povo para vender esse livro e dedicar todo o lucro à liquidação dessas dívidas, mais de duzentos mil dólares já foram recolhidos e aplicados para esse fim; e a boa obra continua ainda. O êxito desse plano tem-me sido uma fonte de grande satisfação. Estou agora terminando outro livro, para ser usado da mesma maneira para outros empreendimentos. ME1 104 2 O lucro financeiro, porém, não é o aspecto mais animador para mim. Gosto de deter-me na idéia de que a circulação desses livros está trazendo muitas almas à verdade. Esse pensamento alegra na verdade meu coração. Não tenho tempo de sentar-me a lamentar. Vou simplesmente avante com meu trabalho, e conservo-me escrevendo, escrevendo, escrevendo. De manhã cedo, quando vós outros estais dormindo, acho-me em geral de pé, a escrever. ME1 104 3 Nem a doença me tem feito deixar de escrever. Não muito depois de ir para a Austrália, fui atacada de enfermidade. Devido à umidade das casas, sofri um ataque de reumatismo inflamatório, que me prostrou por onze meses. Eu me encontrava por vezes em intensa agonia. Só podia dormir numa posição por cerca de duas horas, e depois tinha de ser mudada de modo a ficar em outra posição. Meu colchão pneumático não me oferecia senão pequeno alívio, e passei por períodos de grande sofrimento. ME1 104 4 A despeito disto, porém, não deixei meu trabalho. Meu braço direito, do cotovelo à ponta dos dedos, estava livre de dor; o resto do braço, todo o braço esquerdo e ambos os ombros, não se podiam mover por si mesmos. Foi feito um aparelho de madeira, e com esse auxílio foi-me possível escrever. Durante esses onze meses escrevi duas mil e quinhentas páginas de papel de carta, para enviar através das grandes águas do Pacífico para serem publicadas nos Estados Unidos. ME1 104 5 Sinto-me tão grata ao Senhor porque Ele nunca me decepciona; dá-me força e graça. Ao achar-me ao lado de meu marido moribundo, pus minha mão na sua, e disse: "Conhece-me marido?" Ele acenou que sim. Eu disse: "Através de todos estes anos deixei que você assumisse as responsabilidades dos negócios, e tomasse a iniciativa nos novos empreendimentos. Prometo-lhe agora ser eu própria uma pioneira." E acrescentei: "Se você compreende o que eu lhe digo, aperte minha mão um pouco mais firmemente." Ele assim fez; não podia falar. ME1 105 1 Depois de meu marido ser deposto no sepulcro, seus amigos pensaram em colocar uma coluna partida como monumento. ME1 105 2 "Nunca!" disse eu, "nunca! Ele fez, sozinho, o trabalho de três homens. Nunca será colocado sobre seu túmulo um monumento partido." ... ME1 105 3 Deus me tem ajudado. Glorifico hoje Seu nome na presença de Seu povo. Passei cerca de dez anos na Austrália. Foi feita ali uma obra maravilhosa; mais de outro tanto, todavia, poderia haver sido feito, houvéssemos nós tido os homens e os meios que deveríamos. Damos entretanto graças a Deus por Sua mantenedora presença, e pelo que podemos agora ver naquele campo em resultado dos esforços ali desenvolvidos. -- Manuscrito 8, 1904. Diligente, infatigável atividade ME1 105 4 Devem-se realizar reuniões campais em nossas cidades grandes. E se os oradores forem cuidadosos em tudo quanto disserem, serão alcançados corações ao ser a verdade proclamada no poder do Espírito. O amor de Cristo sendo recebido no coração, banirá o amor do erro. O amor e a benevolência manifestos na vida de Cristo devem manifestar-se na vida dos que trabalham para Ele. A diligente, infatigável atividade que Lhe assinalou a existência deve distinguir-lhes a vida. O caráter do cristão deve ser uma reprodução do caráter de Cristo. ME1 105 5 Não nos esqueçamos nunca de que não pertencemos a nós mesmos, de que fomos comprados por preço. Nossas faculdades devem ser consideradas depósitos sagrados, para serem usadas para glória de Deus e benefício de nossos semelhantes. Somos uma parte da cruz de Cristo. Com sincera, constante fidelidade devemos buscar salvar os perdidos. -- Manuscrito 6, 1902. ------------------------Capítulo 12 -- Os anjos pasmam ME1 106 1 Os anjos pasmam de que os homens considerem tão leve e indiferentemente as verdades vitais que tanto significam para o pecador, e continuem como súditos voluntários sob o cativeiro de Satanás e do pecado, quando tanto foi sofrido na pessoa divina do Filho de Deus. Oxalá cultivemos hábitos de contemplação da renúncia e espírito de sacrifício da vida de Cristo, até possuirmos profundo senso do caráter ofensivo do pecado, e o odiarmos como coisa vil que ele é. ME1 106 2 Desperte o espírito para a gratidão por ser o Pai, mediante Cristo Jesus, fiel em cumprir a promessa de perdoar todo pecado. Sua misericórdia e Seu amor são perpétua garantia ao olharmos para Cristo erguido na cruz do Calvário. Levantar-nos-emos, individualmente, para apreciar na medida de nossa capacidade de compreender a verdade, que Deus Jeová nos ama e perdoa se crermos em Jesus e O amarmos? ME1 106 3 Oh! que gloriosa verdade! Deus espera para perdoar todos quantos forem ter com Ele em arrependimento. Pregai isto. Exaltai bem alto a Jesus para que o povo O contemple. ... ME1 106 4 Os judeus viam nas ofertas sacrificais o símbolo de Cristo, cujo sangue foi derramado para a salvação do mundo. Todas essas ofertas deviam simbolizar a Cristo, fixando em seu coração a grande verdade de que unicamente o sangue de Jesus Cristo purifica de todo pecado, e de que sem derramamento de sangue não há remissão de pecados. Alguns se admiram de que Deus desejasse tantos sacrifícios e indicasse a oferta de tantas vítimas sangrentas na dispensação judaica. ME1 107 1 Toda vítima moribunda era um símbolo de Cristo, lição que era gravada na mente e no coração na mais solene e sagrada cerimônia, e positivamente explicada pelos sacerdotes. Os sacrifícios foram explicitamente planejados pelo próprio Deus a fim de ensinar essa grande e importante verdade de que só pelo sangue de Cristo há perdão de pecados. ME1 107 2 Esta grande e salvadora verdade é muitas vezes repetida aos ouvidos de crentes e incrédulos, e todavia, é com assombro que os anjos contemplam a indiferença de homens para quem tanto ela significa. Quão pouco se evidencia que a igreja sinta a força do maravilhoso plano da redenção! Quão poucos tornam uma viva realidade essa verdade de que unicamente pela fé no sangue purificador de Jesus Cristo há perdão dos pecados que se apegam aos seres humanos como a abominável lepra! ME1 107 3 Que profundezas de pensamento deve isto despertar em toda mente! Ele não necessitava nenhum sofrimento para expiar por Si mesmo. Seu sofrimento foi de uma profundidade proporcional à dignidade de Sua pessoa, e ao Seu caráter imaculado e exaltado. -- Carta 43, 1892. Arrependimento intermitente ME1 107 4 "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:20-21. ME1 107 5 Alguns dirão, talvez: Por que fazem soar tão constantemente essa mensagem aos nossos ouvidos? É porque não vos arrependeis inteiramente. Não viveis em Cristo e não tendes Cristo habitando em vós. Quando é expulso um ídolo da alma, Satanás tem outro preparado para substituí-lo. A menos que vos consagreis inteiramente a Cristo e vivais em comunhão com Ele, a menos que O torneis vosso Conselheiro, verificareis que vosso coração, aberto aos maus pensamentos, é facilmente desviado do serviço de Deus para o do próprio eu. ME1 108 1 Tereis por vezes um desejo de vos arrependerdes. A menos, porém, que vos reformeis decididamente e ponhais em prática as verdades que tendes aprendido, a menos que tenhais fé ativa, operante, uma fé que esteja crescendo de contínuo em força, vosso arrependimento é como o orvalho da manhã. Ele não dará permanente alívio à alma. O arrependimento ocasionado por intermitente provocação dos sentimentos é um arrependimento de que nos precisamos arrepender; pois é ilusório. Uma violenta exaltação dos sentimentos, que não produz em vós os pacíficos frutos da justiça, deixa-vos em estado pior do que aquele em que vos encontráveis anteriormente. ME1 108 2 Todo dia o tentador se acha em vosso encalço com alguma desculpa enganosa, plausível, para vos servirdes a vós mesmos, vos agradardes a vós mesmos, e caireis novamente em vossas velhas práticas, negligenciando a obra de servir a Deus, pela qual adquiriríeis esperança e conforto e segurança. ME1 108 3 Deus pede serviço voluntário -- um serviço inspirado pelo amor de Jesus no coração. Deus nunca Se satisfaz com um serviço frouxo, egoísta. Requer todo o coração, afeições não divididas, e inteira fé e confiança em Seu poder de salvar do pecado. ... ME1 108 4 Deus honrará e susterá toda alma leal, sincera, que estiver procurando andar diante dEle na perfeição da graça de Cristo. O Senhor Jesus nunca deixará nem abandonará uma alma humilde, tremente. Acreditaremos nós que Deus operará em nosso coração? que se Lhe permitirmos fazê-lo, Ele tornará nosso coração puro e santo, habilitando-nos por Sua preciosa graça a ser colaboradores Seus? Podemos nós com viva, santificada percepção apreciar a força das promessas de Deus, e aplicá-las a nós mesmos, individualmente, não porque sejamos dignos, mas porque Cristo é digno; não porque sejamos justos, mas porque, por fé viva, imploramos a justiça de Cristo em nosso favor? -- Manuscrito 125, 1901. ------------------------Capítulo 13 -- Importância de receber o Espírito Santo ME1 109 1 Durante a noite do primeiro sábado da reunião de Newcastle, parecia-me achar-me em reunião, apresentando a necessidade e importância de recebermos o Espírito. Esta era a preocupação de meu trabalho -- o abrir de nosso coração ao Espírito Santo. Uma ocasião, Cristo disse a Seus discípulos: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." Sua compreensão limitada impunha-Lhe restrição. Não podia abrir-lhes as verdades que Ele anelava revelar; pois enquanto seu coração estivesse a elas cerrado, o desdobrar Ele essas verdades seria trabalho perdido. Tinham de receber o Espírito antes de poderem entender plenamente as lições de Cristo. "Aquele Consolador, o Espírito Santo", disse Cristo, "que o Pai enviará em Meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." ME1 109 2 Em meu sonho, uma sentinela se achava à porta de importante edifício, e perguntava a cada um que vinha em busca de entrada: "Recebestes o Espírito Santo?" Tinha na mão uma fita métrica, e apenas muito, muito poucos eram admitidos ao edifício . "Vosso tamanho como ser humano não é nada", dizia. "Mas se alcançasses a plena estatura de um homem em Cristo Jesus, segundo o conhecimento que tendes tido, recebereis um aprazamento para sentar-vos com Cristo nas bodas do Cordeiro; e pelos séculos eternos, nunca deixareis de aprender das bênçãos a vós asseguradas no banquete preparado para vós. ME1 110 1 "Podeis ser altos e bem proporcionados em vossa pessoa, mas não podeis entrar aqui. Não poderá entrar ninguém que seja criança crescida, levando consigo a disposição, os hábitos, e as características peculiares às crianças. Se nutristes suspeitas, críticas, mau humor, dignidade própria, não podeis ser admitidos; pois estragaríeis o banquete. Todos os que entram por esta porta trajam a veste de bodas, tecida no tear celeste. Os que se educam em apanhar os defeitos no caráter dos outros, revelam uma deformidade que torna as famílias infelizes, que desvia almas da verdade para buscar fábulas. Vosso fermento de desconfiança, vossa falta de fé, vosso poder de acusação, fecham-vos a porta de entrada. Por esta porta não pode entrar coisa alguma que possa arruinar a felicidade dos moradores por arruinar sua perfeita confiança uns nos outros. Não vos podeis unir à família feliz das cortes celestes; pois enxuguei de seus olhos toda lágrima. Não podereis nunca ver o Rei em Sua beleza, caso não sejais vós mesmos representantes de Seu caráter. ME1 110 2 "Quando abandonardes vossa própria vontade, vossa própria sabedoria, e aprenderdes de Cristo, achareis entrada no reino de Deus. Ele requer inteira e incondicional entrega. Entregai vossa vida para que Ele a ordene, molde, e afeiçoe. Tomai sobre o pescoço o Seu jugo. Submetei-vos a ser conduzidos e ensinados por Ele. Aprendei que a menos que vos torneis como uma criancinha, nunca podereis entrar no reino do Céu. ME1 110 3 "Permanecer em Cristo é preferir unicamente a disposição de Cristo, de maneira que Seus interesses sejam identificados com os vossos. Permanecer nEle, ser e fazer unicamente o que Ele quer. Tais são as condições do discipulado, e a menos que elas sejam cumpridas, nunca podereis achar descanso. O descanso está em Cristo; não pode ser como alguma coisa à parte dEle. ME1 110 4 "No momento em que Seu jugo se ajustar ao vosso pescoço, é achado confortável; então o mais pesado labor espiritual pode ser realizado, carregados os mais pesados fardos, porque o Senhor dá a força e a capacidade, e dá alegria no fazer a obra. Tomai nota dos pontos: 'Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração.' Mateus 11:29. Quem é que fala assim? -- A Majestade do Céu, o Rei da glória. Ele deseja que vossa concepção das coisas espirituais seja purificada da escória do egoísmo, da contaminação de uma natureza torcida, rude, incompassiva. Precisais ter uma experiência interior, mais elevada. Precisais obter crescimento na graça pelo permanecer em Cristo. Quando estiverdes convertidos, não sereis um entrave, mas fortalecereis vossos irmãos." ME1 111 1 Ao serem proferidas essas palavras, vi que alguns se afastaram com tristeza, e misturaram-se com os escarnecedores. Outros, com lágrimas, coração quebrantado, fizeram confissão àqueles a quem haviam ferido e magoado. Não pensavam em manter a própria dignidade, mas perguntavam a cada passo: "Que é necessário que eu faça para me salvar?" Atos 16:30. A resposta era: "Arrependei-vos, e convertei-vos, para que vossos pecados vão de antemão ao juízo, e sejam apagados." Foram proferidas palavras que reprovavam o orgulho espiritual. Este não será tolerado por Deus. É incoerente com Sua Palavra e com nossa profissão de fé. Buscai o Senhor, todos vós que sois ministros Seus. Buscai-O enquanto Ele pode ser achado, invocai-O enquanto está perto. "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isaías 55:7. ME1 111 2 Ao apresentar eu esses princípios ao povo na reunião do sábado, todos pareciam sentir que o Senhor havia falado pelo frágil instrumento. -- The Review and Herald, 11 de Abril de 1899. ME1 111 3 É chegado o tempo em que podemos esperar que o Senhor faça grandes coisas por nós. Nossos esforços não devem afrouxar nem enfraquecer. Devemos crescer em graça e no conhecimento do Senhor. Antes de a obra encerrar-se e terminar o selamento do povo de Deus, receberemos o derramamento do Espírito de Deus. Anjos do Céu, encontrar-se-ão em nosso meio. O presente é um tempo de adaptação para o Céu, quando precisamos andar em inteira obediência a todos os mandamentos de Deus. -- Carta 30, 1907. ------------------------Capítulo 14 -- Em todo lugar ME1 112 1 Cristo foi o grande Missionário-Médico a nosso mundo. Ele pede voluntários que cooperem com Ele na grande obra de semear o mundo com a verdade. Os obreiros de Deus devem implantar as normas da verdade em todo lugar a que possam obter acesso. O mundo necessita de restauração. Ele jaz na impiedade e no maior perigo. A obra de Deus pelos que estão fora de Cristo deve ampliar-se e estender-se. Deus convida Seu povo a trabalhar diligentemente por Ele de maneira que a eficiência cristã se torne generalizada. Seu reino deve ser dilatado. Cumpre erguerem-se-Lhe monumentos nos Estados Unidos e nos outros países. ME1 112 2 A obra da reforma pró-saúde relacionada com a verdade presente para este tempo, é uma força para o bem. Ela é a mão direita do evangelho, e abre muitas vezes campos à sua entrada. Convém todavia lembrar que a obra precisa avançar com solidez, e em completa harmonia com o plano divino de organização. Cumpre organizar igrejas, e de maneira alguma se devem essas igrejas divorciar da obra médico-missionária. Tampouco deve a obra médico-missionária ser separada do ministério evangélico. Quando se fizer isto, ambos serão unilaterais. Nenhum é um todo completo. ME1 113 1 A obra para este tempo deve apelar ao espírito do cristão como a mais importante que se possa realizar. É questão de cultivar a vinha do Senhor. Nesta vinha todo homem tem sorte e lugar, a ele designados pelo Senhor. E o êxito de cada um depende de sua relação individual com a Cabeça divina. ME1 113 2 A graça e o amor de nosso Senhor Jesus Cristo e Sua terna relação para com Sua igreja na Terra, devem manifestar-se pelo desenvolvimento de Sua obra e a evangelização do povo em muitos lugares. Os celestes princípios da verdade e da justiça devem ser vistos mais e mais plenamente na vida dos seguidores de Cristo. Mais abnegação e ausência de cobiça se deve mostrar nas transações de negócios do que se tem visto nas igrejas desde o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Nem um vestígio da influência dos monopólios egoístas, mundanos, deve fazer a mais leve impressão no povo que está vigiando e trabalhando e orando pela segunda vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo nas nuvens do Céu com poder e grande glória. ME1 113 3 Não estamos, como um povo, preparados para o aparecimento do Senhor. Caso cerrássemos as janelas da alma para a Terra e abríssemos para o Céu, toda instituição estabelecida seria uma luz ardente e resplandecente no mundo. Cada membro da igreja, vivesse ele as grandes, elevadas e enobrecedoras verdades para este tempo, seria uma luz ardente e resplandecente. O povo de Deus não Lhe pode agradar a menos que seja superpossuído da eficiência do Espírito Santo. Tão pura e verdadeira deve ser a relação de uns para com os outros, que por suas palavras, afeições, qualidades, mostrem que são um com Cristo. Devem ser sinais e maravilhas em nosso mundo, levando avante inteligentemente todo ramo da obra. E as diversas partes da obra devem ser tão harmoniosamente relacionadas umas com as outras que todas se movam como bem regulados mecanismos. Então se compreenderá a alegria da salvação de Cristo. Não haverá então nada da representação agora feita por aqueles a quem foi dada a luz da verdade para comunicar, mas que não revelaram os princípios da verdade em sua associação uns com os outros, que não fizeram a obra do Senhor de maneira a glorificá-Lo. ... ME1 114 1 Depois de Cristo ressuscitar, proclamou sobre o sepulcro: "Eu sou a ressurreição e a vida." Cristo, o Salvador ressurgido, é nossa vida. Ao tornar-Se Cristo a vida da alma, sente-se a mudança, mas a linguagem não pode descrevê-la. Todas as pretensões ao conhecimento, à influência, ao poder, são destituídas de valor sem o perfume do caráter de Cristo. Ele deve ser a própria vida da alma, da mesma maneira que o sangue é a vida do corpo. ... Purificados de todo egoísmo ME1 114 2 Aqueles que se acham ligados ao serviço de Deus precisam ser purificados de todo traço de egoísmo. Tudo deve ser feito em harmonia com a ordem: "Quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo" (Colossences 3:17) "para glória de Deus". 1 Coríntios 10:31. A divina lei de justiça e eqüidade precisa ser estritamente obedecida nos tratos entre semelhante e semelhante, irmão e irmão. Cumpre-nos buscar perfeita ordem e justiça perfeita, segundo a semelhança do próprio Deus. Unicamente nessa base nossas obras resistirão à prova do juízo. ... ME1 114 3 Cristianismo é a revelação do mais terno afeto de uns pelos outros. A vida cristã constitui-se de deveres e privilégios cristãos. Em sua sabedoria, Cristo deu a Sua igreja na infância um sistema de sacrifícios e ofertas, do qual era Ele próprio o fundamento, e pelo qual Sua morte foi prefigurada. Todo sacrifício apontava para Ele como o Cordeiro morto desde a fundação do mundo, para que todos compreendessem que o salário do pecado é a morte. NEle não havia pecado, e todavia Ele morreu por nossos pecados. ME1 114 4 O sistema de símbolos e cerimônias operava para um fim -- a reivindicação da lei de Deus, para que todos quantos cressem em Cristo chegassem "à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo". Efésios 4:13. Na obra cristã há ampla margem para a atividade de todos os dons dados por Deus. Todos devem ser unidos em executar as reivindicações de Deus, revelando a cada passo avante aquela fé que opera por amor e purifica a alma. ME1 115 1 Cristo deve receber supremo amor dos seres que criou. E Ele requer também que o homem nutra sagrada consideração por seus semelhantes. Toda alma salva salvar-se-á por amor, o qual começa em Deus. A genuína conversão é uma mudança do egoísmo para santificada afeição para com Deus e uns pelos outros. Farão os adventistas do sétimo dia agora uma completa reforma, para que sua alma manchada de pecado seja purificada da lepra do egoísmo? ME1 115 2 Preciso dizer a verdade a todos. Os que aceitaram a luz da Palavra de Deus não devem nunca, nunca deixar no espírito humano a impressão de que Deus Se contente com seus pecados. A Palavra define o pecado como a transgressão da lei. -- Manuscrito 16, 1901. Em situações difíceis ME1 115 3 Muitas vezes os soldados de Deus se encontram em situações duras e difíceis, sem saber por quê. Devem eles, porém, afrouxar seu ponto de apoio por surgirem dificuldades? Deverá sua fé diminuir porque não podem ver o caminho através das trevas? De modo nenhum. Cumpre-lhes nutrir o senso permanente do poder de Deus para sustê-los em seu trabalho. Eles não podem perecer, nem podem extraviar-se, caso Lhe sigam a guia, e se esforcem por apoiar Sua lei. -- Manuscrito 69, 1896. ------------------------Capítulo 15 -- Quando a igreja despertar ME1 116 1 A oração é necessária na vida doméstica, na vida da igreja, na vida missionária. A eficácia da oração fervorosa não é senão fracamente compreendida. Fosse a igreja fiel na oração e não seria encontrada remissa em tantas coisas; pois a fidelidade em clamar a Deus trará preciosos resultados. ME1 116 2 Quando a igreja despertar para a consciência de sua santa vocação, muito mais orações fervorosas e eficazes ascenderão ao Céu para que o Espírito Santo indique a obra e o dever do povo de Deus quanto à salvação de almas. Temos uma permanente promessa de que Deus Se aproximará de toda alma que busca. ME1 116 3 A igreja necessita ser de novo gerada para uma viva esperança "pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que se não pode murchar". 1 Pedro 1:3-4. Quando a igreja despertar para o senso do que precisa ser feito neste mundo, os membros terão angústia de alma pelos que não conhecem a Deus e que, em sua ignorância espiritual não podem compreender a verdade para este tempo. Abnegação, sacrifício, precisam ser entretecidos em toda a nossa experiência. Precisamos orar e velar em oração, para que não haja incoerência em nossa vida. Precisamos não falhar no mostrar aos outros que compreendemos que velar em oração significa viver nossas orações diante de Deus, para que Ele as possa atender. ME1 117 1 A igreja não regredirá enquanto os membros buscarem auxílio do trono da graça, para não falharem no cooperar na grande obra de salvar as almas que se encontram à beira da ruína. Os membros de uma igreja ativa, operosa, terão a compreensão de que estão usando o jugo de Cristo, e puxando juntamente com Ele. ME1 117 2 O universo celeste aguarda instrumentos consagrados por meio dos quais Deus possa comunicar-Se com Seu povo, e por meio dele com o mundo. Deus operará por meio de uma igreja consagrada, cheia de abnegação, e revelará Seu Espírito de maneira visível e gloriosa, especialmente neste tempo, quando Satanás está trabalhando de maneira magistral a fim de enganar as almas, tanto dos ministros como do povo. Se os ministros de Deus cooperarem com Ele, o Senhor estará com eles de maneira assinalada, da mesma forma que estava com Seus discípulos outrora. ME1 117 3 Não despertará a igreja para sua responsabilidade? Deus espera para comunicar o Espírito do maior Missionário que o mundo já conheceu aos que trabalharem num espírito de consagração abnegada e pronta ao sacrifício. Quando o povo de Deus receber esse Espírito, deles sairá virtude. -- Manuscrito 59, 1898. As graças passivas ME1 117 4 O Senhor permite que sobrevenham circunstâncias que requeiram o exercício das graças passivas, as quais aumentam em pureza e eficiência à medida que nos esforçamos por devolver ao Senhor o que Lhe pertence em dízimos e ofertas. Sabeis alguma coisa do que significa passar por provações. Estas vos têm dado oportunidade de confiar em Deus, de buscá-Lo em fervente oração, para que nEle creiais, e nEle confieis com singeleza de fé. É sofrendo que nossas virtudes são experimentadas, e provada a nossa fé. É no dia da angústia que sentimos quão precioso é Jesus. Tereis ocasião de dizer: "Ainda que Ele me mate, nEle esperarei." Jó 13:15. Oh! é tão precioso pensar que nos são oferecidas oportunidades de confessar nossa fé em face do perigo, e em meio da tristeza, da doença, da dor e da morte! ... ME1 118 1 Quanto a nós, tudo depende da maneira por que recebemos as condições do Senhor. Segundo o nosso espírito será o resultado moral sobre nossa vida futura e nosso caráter. Cada alma, individualmente, tem vitórias a ganhar, porém ela deve compreender que não lhe é possível ter tudo como deseja. Devemos observar cuidadosamente cada lição que Cristo deu durante Sua vida e ensinos. Ele não destrói; melhora tudo em que toca. -- Carta 135, 1897. Humildade e fé ME1 118 2 Na obra para este tempo, não é tanto de dinheiro, talento, saber ou eloqüência que necessitamos, mas de fé adornada de humildade. Oposição alguma pode predominar contra a verdade apresentada com fé e humildade, por obreiros que suportam voluntariamente labuta e sacrifício e vitupério por amor do Mestre. Precisamos ser coobreiros de Cristo se quisermos ver coroados de êxito os nossos esforços. Importa chorar como Ele chorou por aqueles que não choram por si mesmos, e interceder como Ele intercedia pelos que por si não intercedem. -- Manuscrito 24, 1903. Uma obra apressada ME1 118 3 Ao aliar-se o poder divino com o esforço humano, a obra se propagará como o fogo na palha. Deus empregará instrumentos cuja origem o homem será incapaz de discernir; os anjos farão uma obra que os homens poderiam haver tido a bênção de realizar, não houvessem eles negligenciado atender aos reclamos de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1885. ------------------------Capítulo 16 -- Apelo a um reavivamento A grande necessidade da igreja ME1 121 1 Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celeste está mais disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, cumprir as condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração. Enquanto o povo se acha tão destituído do Espírito Santo de Deus, não pode apreciar a pregação da Palavra; mas quando o poder do Espírito lhes toca o coração, então os sermões não ficarão sem efeito. Guiados pelos ensinos da Palavra de Deus, com a manifestação de Seu Espírito, no exercício de sã discrição, os que assistem a nossas reuniões adquirirão preciosa experiência e, voltando ao lar, acham-se preparados para exercer saudável influência. ME1 122 1 Os antigos porta-bandeiras sabiam o que significava lutar com Deus em oração, e fruir o derramamento de Seu Espírito. Estes, porém, estão se retirando do cenário; e quem está surgindo para preencher-lhes o lugar? Como é com a geração que surge? Estão eles convertidos a Deus? Estamos nós alerta quanto à obra que se está desenvolvendo no santuário celeste, ou estamos à espera de algum poder impelente que venha sobre a igreja antes de despertarmos? Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir. ME1 122 2 Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa, prevalecente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. Precisamos orar mais, e falar menos. Abundante é a iniqüidade, e o povo deve ser ensinado a não se satisfazer com uma forma de piedade sem o espírito e o poder. Se intentarmos esquadrinhar o próprio coração, afastando nossos pecados, corrigindo nossas más tendências, nossa alma não se inchará em vaidade; desconfiaremos de nós mesmos, possuindo permanente senso de que nossa suficiência é de Deus. ME1 122 3 Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus, façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso, sua influência ativa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores da verdade demonstrado o maior entrave ao seu progresso! A incredulidade com que se contemporiza, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus, e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás. Abrindo a porta ao adversário ME1 122 4 O adversário das almas não tem permissão de ler os pensamentos dos homens; é, porém, perspicaz observador, e nota as palavras; registra-as e adapta habilmente suas tentações de modo a se ajustarem ao caso dos que se colocam em seu poder. Caso trabalhássemos para reprimir os pensamentos e sentimentos pecaminosos não lhes dando expressão em palavras ou ações, Satanás seria derrotado; pois ele não poderia preparar suas especiosas tentações para adaptar ao caso. ME1 123 1 Mas quantas vezes, por sua falta de domínio próprio, professos cristãos abrem a porta ao adversário das almas! Divisões, e até amargas dissensões que infelicitariam qualquer comunidade mundana, são comuns nas igrejas, porque há tão pouco esforço para controlar os sentimentos errôneos, e reprimir toda palavra de que Satanás se possa aproveitar. Assim que surge uma separação de sentimentos, a questão é exposta diante de Satanás para sua inspeção, sendo-lhe oferecida oportunidade de usar sua sabedoria e habilidade de serpente para dividir e destruir a igreja. Grande prejuízo há em toda dissensão. Os amigos pessoais de ambos os lados, tomam partido ao lado de seus respectivos amigos, e assim abre-se mais a brecha. Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Engendram-se e multiplicam-se incriminações e recriminações. Satanás e seus anjos operam ativamente para obter uma colheita da semente assim semeada. ME1 123 2 Os mundanos contemplam isto, e exclamam zombeteiramente: "Como esses cristãos se aborrecem uns aos outros! Se isto é religião, não a queremos!" E olham a si mesmos e a seu caráter irreligioso com grande satisfação. Assim são confirmados na impenitência, e Satanás exulta ante seu êxito. ME1 123 3 O grande enganador tem preparado seus ardis para toda alma não protegida para a provação nem guardada por oração constante e uma fé viva. Como pastores, como cristãos, cumpre-nos trabalhar para remover do caminho todas as pedras de tropeço. Temos de remover todos os obstáculos. Confessemos e abandonemos todo pecado, para que o caminho do Senhor seja preparado, para que Ele venha a nossas reuniões e comunique Sua preciosa graça. O mundo, a carne e o diabo precisam ser vencidos. ME1 123 4 Não podemos preparar o caminho conquistando a amizade do mundo, que é inimizade contra Deus; com Seu auxílio, porém, podemos romper com sua sedutora influência sobre nós mesmos e os outros. Não podemos, como indivíduos ou como corporação garantir-nos das constantes tentações de um implacável e resoluto inimigo; mas, no poder de Jesus, podemos resistir-lhes. ME1 124 1 De todo membro da igreja pode irradiar firme luz para o mundo, de modo que eles não sejam levados a indagar: Que faz esse povo mais que os outros? Pode e deve haver uma retração da conformidade com o mundo, um recuo de toda aparência do mal, de maneira que não seja dada nenhuma ocasião aos contraditores. Não podemos escapar ao vitupério; ele virá; devemos, porém, ser muito cautelosos para não sermos acusados por nossos próprios pecados ou loucuras, mas por amor de Cristo. ME1 124 2 Não há coisa alguma que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja e uma congregação impenitente. Se Satanás pudesse fazer o que ele queria, nunca haveria outro despertamento, grande ou pequeno, até ao fim do tempo. Não somos, porém, ignorantes de seus ardis. É possível resistir-lhe ao poder. Quando o caminho estiver preparado para o Espírito de Deus, a bênção virá. Satanás não pode impedir uma chuva de bênção de cair sobre o povo de Deus, mais do que fechar as janelas do Céu para que a chuva não caia sobre a Terra. Homens ímpios e demônios não podem impedir a obra de Deus ou excluir Sua presença das reuniões de Seu povo, caso eles, de coração rendido e contrito, confessem e afastem de si os seus pecados, reclamando com fé Suas promessas. Toda tentação, toda influência contrária seja ela franca ou oculta, será resistida com êxito, "não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos". Zacarias 4:6. Estamos no dia de expiação ME1 124 3 Achamo-nos no grande dia de expiação, quando nossos pecados devem, pela confissão e o arrependimento, ir de antemão ao juízo. Deus não aceita agora um testemunho frouxo, sem vigor da parte de Seus ministros. Tal testemunho não seria verdade presente. A mensagem para estes dias precisa ser alimento a seu tempo para nutrir a igreja de Deus. Mas Satanás tem procurado gradualmente roubar o poder desta mensagem, para que o povo não esteja preparado para subsistir no dia do Senhor. ME1 125 1 Em 1844 nosso grande Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo do santuário celeste, para iniciar a obra do juízo investigativo. Os casos dos justos mortos têm estado a passar em revista diante de Deus. Quando esta obra se completar, o juízo deve ser pronunciado sobre os vivos. Quão preciosos, quão importantes são estes solenes momentos! Cada um de nós tem um caso impendente no tribunal celeste. Temos, individualmente, de ser julgados pelos atos praticados no corpo. No serviço simbólico, quando era efetuada a obra da expiação pelo sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário terrestre, requeria-se do povo que afligisse sua alma diante de Deus, e confessasse seus pecados, para que fossem expiados e apagados. Será exigido menos de nós neste dia antitípico de expiação, quando Cristo está intercedendo por Seu povo no santuário celeste, e deverá ser proferida a decisão final, irrevogável sobre cada caso? ME1 125 2 Qual é nosso estado neste terrível e solene tempo? Ai, que orgulho prevalece na igreja, que hipocrisia, que engano, que amor ao vestuário, à frivolidade e ao divertimento, que desejo de supremacia! Todos esses pecados têm obscurecido a mente, de modo que as coisas eternas não têm sido discernidas. Não pesquisaremos as Escrituras, para sabermos onde nos encontramos na história deste mundo? Não nos tornaremos esclarecidos quanto à obra que se está efetuando por nós neste tempo, e a atitude que nós como pecadores devemos ter enquanto esta obra de expiação está em andamento? Se temos qualquer consideração pela salvação de nossa alma, precisamos fazer decidida mudança. Precisamos buscar ao Senhor com genuíno arrependimento; importa que, com profunda contrição de alma, confessemos nossos pecados, para que sejam apagados. ME1 125 3 É preciso não ficarmos por mais tempo no terreno encantado. Aproximamo-nos rapidamente do fim do nosso tempo de graça. Indague cada alma: Como estou eu perante Deus? Não sabemos quão breve nosso nome pode ser tomado nos lábios de Cristo, e nosso caso ser finalmente decidido. Quais, oh! quais serão essas decisões! Seremos nós contados entre os justos, ou numerados entre os ímpios? A igreja desperta e arrependida ME1 126 1 Levante-se a igreja e arrependa-se de suas prevaricações diante de Deus. Levantem-se os vigias, e dêem à trombeta sonido certo. É uma advertência definida que temos de proclamar. Deus ordena a Seus servos: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. A atenção do povo precisa ser atraída; a menos que se possa fazer isto, todos os esforços serão nulos; ainda que viesse um anjo do Céu e lhes falasse, suas palavras não operariam mais benefício do que se ele estivesse falando ao frio ouvido de um morto. ME1 126 2 A igreja precisa despertar para a ação. O Espírito de Deus nunca poderá vir enquanto ela não preparar o caminho. Deve haver diligente exame de coração. Deve haver oração unida e perseverante, e o reclamar, pela fé, as promessas de Deus. Deve haver, não o cobrir o corpo de saco, à semelhança da antiguidade, mas profunda humilhação de alma. Não temos a mínima razão para congratulação e exaltação própria. Devemos humilhar-nos sob a potente mão de Deus. Ele aparecerá para confortar e dar bênçãos aos que deveras buscam. ME1 126 3 A obra está diante de nós; empenhar-nos-emos nela? Precisamos trabalhar depressa, precisamos avançar constantemente. Temos de preparar-nos para o grande dia do Senhor. Não temos tempo a perder, tempo para empenhar-nos em desígnios egoístas. O mundo deve ser advertido. Que estamos fazendo, como indivíduos, para levar a luz a outros? Deus deixou a cada homem sua obra; cada um tem sua parte a desempenhar, e não podemos negligenciar essa obra senão com risco para nossa alma. ME1 126 4 Ó meus irmãos, entristecereis o Espírito Santo, e dareis lugar a que Ele Se afaste? Deixareis fora o bendito Salvador, por não estardes preparados para Sua presença? Deixareis almas perecer sem o conhecimento da verdade, porque amais demasiado vossa comodidade para levardes o fardo que Jesus carregou por vós? Despertemos do sono. "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." 1 Pedro 5:8. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1887. A reforma acompanha o reavivamento ME1 127 1 Em muitos corações mal parece haver um sopro de vida espiritual. Isto me faz muito triste. Receio que não tenha sido mantida luta ativa contra o mundo, a carne e o diabo. Alegrar-nos-emos por um cristianismo quase morto, o espírito egoísta e cobiçoso do mundo, partilhando de sua impiedade e sorrindo às suas mentiras? -- Não! Pela graça de Deus, sejamos firmes aos princípios da verdade, mantendo fiéis até ao fim o princípio de nossa confiança. Não devemos ser "vagarosos no cuidado" mas "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Um é nosso Mestre, isto é, Cristo. A Ele devemos olhar. DEle devemos receber nossa sabedoria. Por Sua graça devemos conservar nossa integridade, permanecendo diante de Deus em mansidão e contrição, e representando-O perante o mundo. ME1 127 2 Os sermões têm tido grande procura em nossas igrejas. Os membros têm confiado em declamações do púlpito em vez de no Espírito Santo. Não solicitados nem utilizados, os dons espirituais a eles concedidos têm-se reduzido a fraqueza. Caso pastores saíssem a novos campos, os membros seriam obrigados a assumir responsabilidades, e pelo uso suas aptidões aumentariam. ME1 127 3 Deus apresenta contra os pastores e o povo a séria acusação de fraqueza espiritual, dizendo: "Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." Apocalipse 3:15-18. Deus pede um reavivamento espiritual, e uma reforma espiritual. A menos que isto se realize, os que são mornos continuarão a se tornar mais aborrecíveis ao Senhor, até que Ele Se recuse a reconhecê-los como Seus filhos. ME1 128 1 Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovamento da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas idéias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se. -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1902. Instrumentos simples serão utilizados ME1 128 2 Têm-me sido feitas exposições, mostrando que o Senhor executará Seus planos mediante uma variedade de maneiras e instrumentos. Não são apenas os mais talentosos, nem só os que ocupam altas posições de confiança, ou são mais altamente educados do ponto de vista mundano, que o Senhor usa para fazer Sua grande e santa obra de salvação de almas. Ele Se servirá de meios simples; usará muitos que tiveram poucas vantagens para ajudarem a levar avante Sua obra. Pelo emprego de meios simples, trará para a crença da verdade, os que possuem propriedades e terras, e eles serão influenciados a se tornarem mão ajudadora do Senhor no progresso de Sua obra. -- Carta 62, 1909. ------------------------Capítulo 17 -- Salvaguardar a nova experiência A luta que segue ao reavivamento ME1 129 1 Depois do derramamento do Espírito de Deus em Battle Creek, foi provado no colégio que um tempo de grande luz espiritual é também um tempo de correspondentes trevas espirituais. Satanás e suas legiões de instrumentos satânicos se acham em campo, forçando seus poderes em toda alma a fim de tornar de nenhum efeito os chuveiros da graça que vieram do Céu para reavivar e vivificar as energias adormecidas para ação decidida a fim de transmitir aquilo que Deus comunicou. Houvessem todas as muitas almas, então esclarecidas, ido imediatamente trabalhar a fim de transmitir a outros aquilo que Deus lhes dera justamente para esse desígnio, mais luz haveria sido dada, mais poder concedido. Deus não comunica luz apenas para uma pessoa, mas para que ela a difunda, e Deus seja glorificado. É sentida sua influência. ME1 129 2 Em todos os séculos períodos de reavivamento espiritual e o derramamento do Espírito Santo foram seguidos de trevas espirituais e dominante corrupção. Tomando em consideração aquilo que Deus fez em oportunidades e privilégios e bênçãos em Battle Creek, a igreja não tem feito honroso progresso no efetuar sua obra, e a bênção de Deus não repousará sobre a igreja no aumentar ainda mais a luz, enquanto eles não usarem aquela que Ele mandou em Sua Palavra. A luz que poderia resplandecer em raios claros e distintos, enfraquecerá em meio da escuridão moral. O poder ativo da verdade de Deus é dependente da cooperação do instrumento humano com Ele em piedade, zelo, abnegados esforços para levar a luz da verdade a outros. -- Manuscrito 45, 1893. Não confundir a obra do Espírito com o fanatismo ME1 130 1 Têm-me sido escritas coisas em relação com a operação do Espírito de Deus na última assembléia [1893], e no colégio, que indicam claramente que, por causa dessas bênçãos não terem sido vividas à altura, mentes ficaram confundidas, e aquilo que era luz do Céu foi chamado de emoção. Entristeceu-me que esse assunto fosse considerado nesse aspecto. Cumpre-nos ser muito cuidadosos de não ofender o Espírito de Deus, não declarando que o ministério de Seu Espírito Santo é uma espécie de fanatismo. Como compreenderemos a operação do Espírito de Deus, se ela não foi revelada em linhas claras, e inequívocas, não somente em Battle Creek mas em muitos lugares? ME1 130 2 Não me surpreendo de que alguém ficasse confundido ante os resultados posteriores. Mas em minha experiência dos quarenta e nove anos passados tenho visto muito dessas coisas, e conheci que Deus operou de maneira notável; e ninguém se aventure a dizer que isto não é o Espírito de Deus. É justamente isso que estamos autorizados a crer e por tal orar, pois Deus está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que Lho pedem, do que estão os pais a dar boas dádivas a seus filhos. O Espírito Santo, porém, não é para ser utilizado pelo agente humano; é para utilizar e usar o instrumento humano. Que Deus abençoou abundantemente os alunos na escola e na igreja, não tenho disso nenhuma dúvida; mas um período de grande luz e o derramamento do Espírito é geralmente seguido de um tempo de grande treva. Por quê? Porque o inimigo opera com todas as suas enganadoras energias para anular o efeito da profunda operação do Espírito de Deus no ser humano. ME1 131 1 Quando os alunos da escola foram para seus jogos de competição e jogo de futebol, quando se absorveram na questão do divertimento, Satanás achou boa ocasião de entrar e neutralizar o Espírito de Deus em moldar e servir-Se do agente humano. Houvessem os professores como um só homem cumprido seu dever; houvessem compreendido sua responsabilidade; houvessem eles se colocado em independência moral perante Deus; houvessem usado a capacidade que Deus lhes dera segundo a santificação do espírito pelo amor da verdade, e teriam tido força espiritual e divina iluminação para ir avante e mais avante e acima na escada do progresso, em direção ao Céu. É evidente que eles não apreciaram nem andaram na luz nem seguiram a Luz do mundo. ME1 131 2 É coisa fácil dissipar ociosamente, desfazer falando ou brincando, a influência do Espírito Santo. Andar na luz é manter-se marchando adiante em direção à luz. Se a pessoa abençoada se torna negligente e desatenta e não vigia em oração, se não ergue a cruz e leva o jugo de Cristo, se seu amor das diversões e esforços pelo domínio lhe absorve a força ou a capacidade, então não é dado a Deus o primeiro e o último lugar em tudo, e Satanás entra para desempenhar sua parte no jogar a partida da vida por sua alma. Ele pode jogar muito mais diligentemente do que eles, e faz tramas fundamente assentadas para arruinar a alma. ... ME1 131 3 Os resultados depois da operação do Espírito de Deus em Battle Creek não são devidos ao fanatismo, mas porque aqueles que foram abençoados não mostraram os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz; e quando a Terra for iluminada com a glória de Deus, alguns não saberão o que isto é, e de onde veio, porque aplicaram mal e mal-interpretaram o derramamento do Espírito sobre eles. Deus é um Deus zeloso de Sua glória. Não honrará aqueles que O desonram. Algumas pessoas que vivem na luz deviam haver instruído essas almas jovens na experiência a andarem na luz depois de haverem-na recebido. Gostaria de ter tempo para escrever mais plenamente, mas receio que não o terei. -- Carta 58, 1893. Caminhos fáceis para perder a bênção ME1 132 1 Algumas coisas me têm vindo ultimamente com grande força ao espírito e sinto-me constrangida pelo Espírito de Deus a escrever relativamente a elas. Acaso abriu o Senhor misericordiosamente as janelas do Céu e derramou sobre vós uma bênção? Oh! Então esse era justamente o tempo de educar os professores e alunos a reterem o precioso favor de Deus mediante o trabalhar em harmonia com a maior iluminação, e irradiar seus preciosos raios para outros. Foi comunicada a luz do Céu? E por que foi ela comunicada? Para que resplandecesse em obras práticas de justiça. Quando os que foram assim abundantemente abençoados forem vistos com mais profunda e fervorosa piedade, tendo o senso de haverem sido comprados com o precioso sangue do Cordeiro de Deus, e acharem-se revestidos das vestes de Sua salvação, não representarão a Cristo? ME1 132 2 Não têm os jogos, e prêmios, e o uso das luvas de boxe estado a educar e preparar segundo a direção de Satanás, para levá-los à posse dos atributos dele? Que seria se eles pudessem ver a Jesus, o Homem do Calvário, a contemplá-los com dor, tal como me foi apresentado! As coisas estão por certo a receber um molde errado, e estão neutralizando a obra do poder divino compassivamente outorgado. A obra de todo verdadeiro cristão é representar a Cristo, refletir a luz, exaltar as normas morais, e pela palavra e a influência consagradas a Deus, compelir os descuidosos e negligentes a pensar em Deus e na eternidade. O mundo de boa vontade deixaria fora de suas cogitações a eternidade, mas não o conseguirão enquanto houver pessoas que representem Cristo em sua vida prática. ME1 132 3 Cada crente forma um elo na áurea cadeia que liga a alma a Jesus Cristo, e é o meio de comunicação dessa luz para os que se encontram em trevas. Perca alguém sua ligação com Cristo, e Satanás aproveita a oportunidade para levá-lo a desonrar a Cristo por palavras, espírito e ações, e assim o caráter de Cristo é mal-interpretado. Pergunto-vos, meu irmão, se a religião de Jesus Cristo não é mal compreendida pelo excesso de divertimentos. Quando o Senhor deu a Battle Creek as riquezas de Sua graça, havia ali pessoas de responsabilidade que poderiam haver encaminhado essas almas quanto à maneira de aperfeiçoarem a dotação, no fazer obra boa e útil que proporcionaria variação de seus estudos que não fossem a agitação e as emoções causadas por seus jogos? Esta espécie de passatempo não está melhorando a mente nem o espírito nem as maneiras para a preparação para as cenas de prova em que breve deverão entrar. A piedade superficial que passa por religião será consumida quando provada na fornalha. ME1 133 1 O Senhor gostaria que os professores considerassem o contágio de seu próprio exemplo. Eles necessitam orar muito mais e considerar que as convicções que emanam de uma vida bem ordenada e de uma piedosa conversação, de um cristianismo vivo e resoluto, são o preparo do jardim do coração para as sementes da verdade serem plantadas para uma frutífera colheita, e para o Sol da justiça quando Ele vier trazendo cura em Seus raios. Assim resplandeça a vossa justiça diante dos homens, "para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus". Mateus 5:16. Vós sois, disse Cristo a Seus discípulos, "o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." Mateus 5:13. A igreja ilumina o mundo, não por sua profissão de piedade, mas por sua manifestação do poder transformador, santificador da verdade na vida e no caráter. ... ME1 133 2 O tempo se acha demasiado cheio de sinais do vindouro conflito para se estar educando a juventude no divertimento e nos jogos. -- Carta 46, 1893. Perigo da luz tornar-se em trevas ME1 133 3 O Senhor condescendeu em dar-vos um derramamento de Seu Espírito Santo. Nas reuniões campais e em nossas várias instituições, grande bênção tem sido derramada sobre vós. Tendes sido visitados pelos mensageiros celestes de luz e verdade e poder, e não deve ser considerado coisa estranha que Deus assim vos abençoe. Como submete Cristo Seu povo escolhido a Ele? -- Pelo poder de Seu Espírito Santo; pois o Espírito Santo, por intermédio das Escrituras, fala à mente, e imprime a verdade no coração dos homens. Antes de Sua crucifixão, Cristo prometeu que o Consolador seria enviado a Seus discípulos. Ele disse: "Digo-vos que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei. E, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. ... Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar." João 16:7, 8, 13-14. ME1 134 1 Esta promessa de Cristo tem sido menosprezada, e devido a uma escassez do Espírito de Deus, a espiritualidade da lei e suas obrigações eternas não têm sido compreendidas. Os que têm professado amar a Cristo, não têm compreendido a relação que existe entre eles e Deus, e ela é ainda fracamente delineada ao seu entendimento. Eles só vagamente discernem a surpreendente graça de Deus em dar Seu Filho unigênito para salvação do mundo. Não percebem de quão vasto alcance são as reivindicações da santa lei, quão profundamente os seus preceitos devem ser introduzidos na vida prática. Não avaliam quão grande privilégio e necessidade são a oração e o arrependimento, e o cumprimento das palavras de Cristo. É a obra do Espírito Santo revelar à mente o caráter da consagração que Deus aceitará. Mediante a instrumentalidade do Espírito Santo, é iluminada a alma, e o caráter é renovado, santificado, e elevado. ME1 134 2 Mediante os profundos incitamentos do Espírito de Deus, tem sido desenvolvido diante de mim o caráter de Sua obra de visitação. Foi-me revelado o perigo em que as almas assim visitadas seriam postas; pois teriam de enfrentar posteriormente mais violentos assaltos do inimigo, que forçaria sobre elas suas tentações a fim de anular a operação do Espírito de Deus, e fazer com que as momentosas verdades apresentadas e testemunhadas pelo Espírito Santo não purificassem e santificassem aqueles que receberam a luz do Céu, fazendo assim com que Cristo não fosse neles glorificado. ME1 135 1 O período de grande luz espiritual, caso essa luz não seja sagradamente acariciada e seguida, tornar-se-á em um tempo de correspondente treva espiritual. A impressão produzida pelo Espírito de Deus, se os homens não nutrirem a sagrada impressão e ocuparem terreno santo, desvanecer-se-á da mente. Os que quiserem avançar no conhecimento espiritual, precisam permanecer junto à própria fonte de Deus, e beberem repetidamente do manancial da salvação tão benignamente a eles franqueado. Precisam nunca deixar a fonte do refrigério; mas, corações dilatados de reconhecimento e amor ante a manifestação da bondade e compaixão de Deus, importa serem continuamente participantes da água viva. ME1 135 2 Oh! quanto significa isto para toda alma -- "Eu sou a luz do mundo"; "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome [pois coisa alguma assim satisfaz]; e quem crê em Mim nunca terá sede". João 8:12; 6:35. Chegar a esse estado quer dizer que encontrastes a Fonte da luz e do amor, e aprendestes quando e como podeis ser reabastecidos, e que podeis fazer uso da promessa de Deus mediante o aplicá-las de contínuo à vossa alma. ME1 135 3 "Mas já vos disse que também vós Me vistes, e contudo não credes." João 6:36. Isto se tem cumprido literalmente no caso de muitos; pois o Senhor lhes deu mais profunda visão da verdade, de Seu caráter de misericórdia e compaixão e amor; e todavia depois de haverem sido assim iluminados, desviaram-se dEle em incredulidade. Viram a profunda operação do Espírito de Deus; mas quando as estratégicas tentações de Satanás penetraram, como sempre acontece depois de um período de reavivamento, eles não resistiram até ao sangue, lutando contra o pecado; e os que poderiam haver ocupado terreno vantajoso, houvessem feito o devido uso do precioso esclarecimento que tinham, foram vencidos pelo inimigo. Deviam haver refletido sobre a alma de outros, a luz que Deus lhes comunicara. Deviam haver trabalhado e agido em harmonia com as sagradas revelações do Espírito Santo; e por não fazerem assim sofreram dano. Vitória espiritual perdida pela paixão dos jogos ME1 136 1 Entre os alunos havia condescendência com o espírito de divertimento e de folgança; ficaram tão interessados em jogar partidas que o Senhor foi excluído de sua mente; e Jesus Se achava entre vós, no campo de jogo, dizendo: "Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!" Lucas 19:42. "Também vós Me vistes, e contudo não credes." João 6:36. Sim, Cristo revelou-Se a vós, e profundas impressões foram feitas ao mover o Espírito Santo vosso coração; mas prosseguistes numa direção pela qual perdestes estas sagradas impressões, e deixastes de conservar a vitória. "Todo aquele que o Pai Me dá virá a Mim; e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. Começastes a ir a Cristo; mas não continuasses em Cristo. Abandonastes a Cristo, e a compreensão que tivestes dos grandes favores e bênçãos que Ele vos havia concedido perdeu-se de vosso coração. A questão do divertimento ocupou tão largamente vosso espírito, que depois da solene visitação do Espírito de Deus, entrastes a discuti-la com tão grande zelo que todas as barreiras foram derribadas; e por vossa paixão pelos jogos, negligenciastes dar ouvidos à palavra de Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." Marcos 14:38. O lugar que devia haver sido ocupado por Jesus foi usurpado por vossa paixão por jogos. Preferistes vossos divertimentos aos confortos do Espírito Santo. Não seguistes o exemplo de Jesus, que disse: "Eu desci do Céu, não para fazer a Minha vontade, mas a vontade dAquele que Me enviou." João 6:38. ME1 136 2 A mente de muitos se acha tão emaranhada com seus próprios desejos e inclinações humanos, e eles têm estado tão habituados a condescender com os mesmos, que não podem compreender o verdadeiro sentido das Escrituras. Muitos supõem que, seguindo a Cristo, serão obrigados a ser sombrios e desconsolados, porque lhes é exigido que se neguem a si mesmos os prazeres e folguedos com que o mundo condescende. O cristão vivo será cheio de alegria e paz, porque vive como vendo Aquele que é invisível; e aqueles que buscam a Cristo em Seu genuíno caráter têm em si mesmos os elementos da vida eterna, porque são participantes da natureza divina, havendo escapado à corrupção que há no mundo pela concupiscência. Jesus disse: "E a vontade do Pai que Me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que Me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. Porquanto a vontade dAquele que Me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nEle, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:39-40. O filho de Deus um coobreiro de Deus ME1 137 1 Toda vida espiritual é derivada de Jesus Cristo. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." João 1:12. Mas qual é o resultado certo de tornar-se filho de Deus? O resultado é tornar-nos coobreiros Seus. Há uma grande obra a ser feita pela salvação de vossa própria alma, e para habilitar-vos a conquistar outros da incredulidade para uma vida sustida pela fé em Cristo Jesus. "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim [com uma fé casual? -- Não, com uma fé permanente que opera por amor e purifica a alma] tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. ... Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo. ... Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. ... O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida. Mas há alguns de vós que não crêem. Porque bem sabia Jesus, desde o princípio, quem eram os que não criam, e quem era o que O havia de entregar. E dizia: Por isso Eu vos disse que ninguém pode vir a Mim, se por Meu Pai lhe não for concedido." João 6:47, 48, 51, 53, 54, 63-65. ME1 138 1 Ao proferir Jesus estas palavras, falou-as com autoridade, segurança e poder. Ocasiões Ele Se manifestava de tal maneira que a profunda atuação de Seu Espírito era sensivelmente percebida. Muitos, porém, que viram e ouviram e tomaram parte nas bênçãos da hora, foram embora, e em breve esqueceram a luz que Ele lhes havia dado. ME1 138 2 Os tesouros da eternidade foram confiados à guarda de Jesus Cristo, para dar a quem Ele queria; mas quão triste é que tantos perdem rapidamente de vista a preciosa graça que lhes é oferecida pela fé nEle! Ele concederá os tesouros celestes aos que crerem nEle, olharem a Ele, e nEle permanecerem. Ele não teve por usurpação ser igual a Deus, e não conhece restrição nem controle no outorgar os tesouros celestes a quem quiser. Não exalta nem honra aos grandes do mundo, lisonjeados e aplaudidos; mas convida Seu povo escolhido, peculiar, que O ama e serve, a que vão a Ele e peçam, e Ele lhes dará o pão da vida, e doar-lhes-á a água da vida, a qual será neles uma fonte que salta para a vida eterna. ME1 138 3 Jesus trouxe a nosso mundo os acumulados tesouros de Deus, e todos os que nEle crerem são adotados como herdeiros Seus. Ele declara que grande será a recompensa dos que sofrerem por amor de Seu nome. Está escrito: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, nem subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam." 1 Coríntios 2:9. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1894. Foi a bênção acariciada? ME1 138 4 A fim de aumentar nossa dotação espiritual, é necessário andar na luz. Em vista do acontecimento que é a breve volta de Cristo precisamos trabalhar vigilantemente para preparar nossa alma, manter nossa lâmpada limpa e acesa, resplandecendo a fim de impressionar a outros quanto à necessidade de preparar-se para a vinda do Esposo. Vigiar e trabalhar precisam andar juntos; a fé e as obras precisam estar unidas, do contrário nosso caráter não será simétrico e equilibrado, perfeito em Cristo Jesus. ME1 139 1 Se nos entregássemos tão-somente a piedosa meditação, nossa luz se iria enfraquecendo, pois foi-nos dada para que possamos comunicar a outros, e quanto mais comunicarmos luz, tanto mais brilhante ela se tornará. Se há uma coisa no mundo em que possamos manifestar entusiasmo, seja este manifestado no buscar a salvação das almas por quem Cristo morreu. Obra dessa espécie não nos fará negligenciar a piedade individual. É-nos dada a exortação de não sermos "vagarosos no cuidado", antes "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. ME1 139 2 Olhar unicamente à glória de Deus quer dizer nutrir um só desígnio, manifestar a obra que foi feita em vosso coração, que vos sujeita à vontade de Deus, e leva cativo todo pensamento à glória de Deus. O mundo tem estado com os olhos em vós, a ver qual seria a influência posterior da obra de reavivamento que veio ao colégio, ao hospital, escritório de publicações, e aos membros da igreja de Battle Creek. Que testemunho haveis dado em vossa vida diária e em vosso caráter? ME1 139 3 Deus esperava que todos vós procedêsseis o melhor que vos fosse possível, não para vos agradardes, divertir-vos e glorificar-vos a vós mesmos, mas para honrá-Lo em todos os vossos caminhos, devolvendo-Lhe segundo a luz e os privilégios que vos tem dado mediante a dotação de Sua graça. Esperava que testificásseis perante os seres celestes, fôsseis testemunhas vivas diante do mundo, do poder da graça de Cristo. O Senhor vos provou, a ver se trataríeis Sua preciosa bênção como coisa ordinária, leve, ou a consideraríeis como valioso tesouro a ser tratado com reverente respeito. Houvessem todos lidado com o dom de Deus por essa maneira -- pois a obra era dele -- então, segundo a medida da responsabilidade de cada um, a graça dada haveria sido duplicada, como os talentos do que negociou diligentemente com o dinheiro de seu Senhor. Uma bênção transformada em maldição ME1 140 1 Deus tem estado a testar a fidelidade de Seu povo, provando-os a ver que emprego dariam eles à preciosa bênção que lhes confiara. Esta bênção veio de nosso Intercessor e Advogado nas cortes celestes; mas Satanás estava pronto a entrar por qualquer passagem que se lhe abrisse, de modo a transformar a luz e bênção em trevas e maldição. ME1 140 2 Como pode a bênção mudar-se em maldição? Persuadindo o instrumento humano a não acalentar a luz, ou a não revelar ao mundo que ela foi eficaz na transformação do caráter. Possuído do Espírito Santo, o instrumento humano se consagra a cooperar com instrumentos divinos. Leva o jugo de Cristo, ergue seus fardos e trabalha segundo Cristo a fim de ganhar preciosas vitórias. Anda na luz assim como Cristo na luz está. Cumpre-se nele a escritura: "Todos nós, com cara descoberta, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor." 2 Coríntios 3:18. ME1 140 3 Outro ano passou para a eternidade agora com seu peso de registros; e a luz que brilhou do Céu sobre vós devia preparar-vos para vos erguerdes e resplandecer, para manifestar os louvores de Deus ao mundo como Seu povo observador dos mandamentos. Devíeis ter sido testemunhas vivas; mas se nenhum esforço especial por um caráter elevado e santo dá testemunho perante o mundo, se nenhum emprego maior de força se tem feito do que aquele que se vê nas igrejas populares de hoje, então, o nome de Deus não tem sido honrado e Sua verdade não tem sido engrandecida perante o mundo, mediante o apresentar credenciais divinas da parte do povo que recebeu grande luz. Se eles não receberam maior apreciação pelo poder manifesto de Deus do que comer e beber e levantarem-se para folgar, como fez o antigo Israel, então, como pode o Senhor fazer Seu povo depositário de preciosas e benévolas manifestações? Se eles agem justamente em contrário em quase todos os sentidos quanto à conhecida vontade de Deus, e são encontrados em descuido, leviandade, em egoísmo, ambição e orgulho, corrompendo seus caminhos diante do Senhor, como pode Ele dar-lhes outro derramamento do Espírito Santo? ME1 141 1 Deus tem para Seu povo as mais ricas bênçãos; não as pode conceder, porém, enquanto eles não souberem como tratar esse precioso dom no manifestar os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. "Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que Lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-Se à destra do trono de Deus." Hebreus 12:1-2. Uma porção da alegria que estava proposta a Cristo, era a satisfação de ver Sua verdade armada do poder onipotente do Espírito Santo, imprimindo Sua imagem na vida e no caráter de Seus seguidores. ME1 141 2 Seres divinos cooperam com instrumentos humanos ao buscarem eles magnificar a lei e fazê-la gloriosa. A lei do Senhor é perfeita, convertendo a alma. É na alma convertida que o mundo vê um testemunho vivo. Então terá o Senhor do Céu lugar para operar? Encontrará Ele margem no coração dos que professam crer na verdade? Encontrará Sua pura e desinteressada benevolência resposta da parte do instrumento humano? Verá o mundo uma manifestação da glória de Cristo no caráter daqueles que professam ser Seus discípulos? Será Cristo favorecido e glorificado em ver Sua própria compaixão e amor sendo derramados em torrentes de bondade e verdade de Seus instrumentos humanos? Ao implantar Seu evangelho no coração, Ele está a derramar os recursos do Céu para benefício do mundo. "Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. ME1 141 3 Que tem a rica bênção de Deus feito por aqueles que eram humildes e contritos de coração para recebê-la? Tem sido a bênção nutrida? Têm os recebedores mostrado os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz? Alguns há que já estão duvidando da obra que foi tão boa, e que devia haver sido altamente apreciada. Estão-na considerando como uma espécie de fanatismo. Sede extremamente cuidadosos ME1 142 1 Não seria de surpreender se houvesse alguns que, não sendo muito equilibrados mentalmente falassem e agissem indiscretamente; pois onde quer e quando quer que o Senhor opere no conceder genuína bênção, revela-se sempre também uma falsificação, de modo a anular a obra verdadeira de Deus. Devemos, portanto, ser extremamente cuidadosos, e andar humildemente diante de Deus, para que possamos ter o colírio espiritual e distinguir a operação do Espírito Santo de Deus da manifestação daquele espírito que quer introduzir desenfreada licença e fanatismo. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. Os que estão realmente contemplando a Cristo serão transformados à Sua imagem, como pelo Espírito do Senhor, e crescerão à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus. O Espírito Santo de Deus inspirará aos homens amor e pureza; e manifestar-se-á refinamento em seu caráter. ME1 142 2 Mas porque alguns se apropriam indevidamente das ricas bênçãos do Céu, hão de outros negar que Jesus, o Salvador do mundo, tem passado por nossas igrejas, e isto para abençoar? Não o discutam a dúvida e a incredulidade; pois assim fazendo, estais pisando terreno perigoso. Deus deu Seu Espírito Santo aos que abriram a porta do coração ao dom celestial. Não cedam, porém, eles à tentação de crer posteriormente que foram enganados. Não digam: "Visto que sinto trevas, e estou opresso de dúvidas, e nunca vi tão manifesto como agora o poder de Satanás, fui certamente enganado." Aconselho-vos a ser cuidadosos. Não semeeis sequer uma expressão de dúvida. Deus operou por vós, pondo em real contato com o coração sadias doutrinas de verdade. Bênçãos vos foram dadas, para que produzissem frutos em práticas sãs e caráter reto. O pecado de rejeitar a evidência ME1 142 3 O pecado pelo qual Cristo reprovou Corazim e Betsaida, foi o rejeitar a evidência que os haveria convencido da verdade, caso houvessem eles cedido a seu poder. O pecado dos escribas e fariseus foi o de colocar a obra celeste que fora feita diante deles nas trevas da incredulidade, de maneira que a evidência que os deveria haver levado a uma firme fé foi posta em dúvida, e as coisas sagradas que deveriam haver sido abrigadas, consideradas como de nenhum valor. Temo que o povo haja permitido ao inimigo operar nesse mesmo sentido, de maneira que o bem que emanou de Deus, as ricas bênçãos que Ele deu, chegaram a ser consideradas por alguns como fanatismo. ME1 143 1 Caso essa atitude seja conservada, então, quando o Senhor fizer novamente Sua luz brilhar sobre o povo, ele se desviará da iluminação celeste, dizendo: "Senti a mesma coisa em 1893, e alguns em quem tenho confiado disseram que essa obra era fanatismo." Não hão de aqueles que receberam a preciosa graça de Deus, e que tomaram a atitude de que a operação do Espírito de Deus era fanatismo, estar dispostos a acusar a obra do Espírito de Deus no futuro, e o coração ser assim prova contra as solicitações da voz mansa e delicada? O amor de Jesus pode ser apresentado aos que assim se entrincheiram contra ele, e não exercer sobre eles nenhum poder constrangedor. As riquezas da graça do Céu podem ser concedidas e todavia rejeitadas, em vez de serem acolhidas e reconhecidas com gratidão. Com o coração os homens creram para a justiça e por algum tempo fizeram confissão para a salvação; mas, é triste dizê-lo, o que a recebeu não cooperou com os seres celestes, nem estimou a luz mediante o praticar as obras de justiça. -- The Review and Herald, 6 de Fevereiro de 1894. ------------------------Capítulo 18 -- Apelos especiais no ministério público Em Battle Creek nos primeiros tempos ME1 144 1 Assisti à reunião na igreja de Battle Creek. Falei com liberdade ao povo mais ou menos uma hora, acerca da queda de Adão, que trouxe miséria e morte, trazendo Cristo vida e imortalidade à luz mediante Sua humilhação e morte. Senti dever instar com o povo quanto à necessidade de inteira consagração a Deus -- a santificação de todo o ser, alma, corpo e espírito. Falei sobre a morte de Moisés e a visão que ele teve da prometida terra de Canaã. Houve profundidade de sentimento na congregação. ... Ao reunir-nos naquela tarde, chamamos à frente os que desejassem ser cristãos. Treze pessoas atenderam. Todas testificaram do Senhor. Foi uma boa obra. -- Diário, 12 de Janeiro de 1868. Trabalho diligente em Tittabawassee, Michigan ME1 144 2 Houve reuniões durante o dia inteiro. Meu marido falou de manhã; irmão Andrews à tarde. Prossegui com observações por bom espaço de tempo, instando com os que se haviam interessado por meio das reuniões a começar daquele dia em diante a servir a Deus. Chamamos à frente os que desejavam iniciar naquele dia o serviço do Senhor. Bom número atendeu ao apelo. Falei várias vezes, rogando que as almas rompessem com os laços de Satanás e começassem então. Uma mãe foi ter com seu filho, chorando e suplicando-lhe. Ele parecia duro, obstinado, inflexível. Ergui-me então, e dirigindo-me ao irmão D, roguei-lhe que não se pusesse no caminho de seus filhos. Ele sobressaltou-se, depois ergueu-se, falou, disse que começaria naquele dia. Isto foi ouvido com alegria de coração por todos. O irmão D é um homem precioso. ME1 145 1 O marido da irmã E ergueu-se então, e testificou que seria um cristão. Ele é homem de influência -- advogado. Sua filha estava ansiosa em seu assento. O irmão D acrescentou então suas súplicas às nossas. A irmã D, também por seus filhos. Rogamos e por fim prevalecemos. Todos foram para a frente. Os pais e todos os filhos e outros pais lhes seguiram o exemplo. Foi um dia de regozijo. A irmã E disse que era o dia mais feliz de sua vida. -- Diário, 19 de Fevereiro de 1868. Boa reação em Battle Creek ME1 145 2 Falei à tarde sobre 2 Pedro. Falei com espontaneidade. Depois de falar por uma hora, convidei os que desejavam ser cristãos a ir para a frente. De trinta a quarenta pessoas se dirigiram calmamente, sem agitação, para a frente, e ocuparam os primeiros bancos. Falei com eles acerca de fazer uma entrega completa a Deus. Tivemos um período de oração pelos que foram para a frente. Mui precioso período de oração. Os que queriam o batismo foram solicitados a demonstrar isto, erguendo-se. Bom número levantou-se. -- Diário, 9 de Junho de 1873. Depois de alguma hesitação, a resposta ME1 145 3 Falei à tarde (em Stanley, Virgínia) acerca de João 17:3. O Senhor me deu muito de Seu Espírito Santo. A casa estava cheia. Chamei à frente os que desejassem buscar mais fervorosamente ao Senhor, e aqueles que se desejassem entregar ao Senhor inteiramente em sacrifício. Por algum tempo ninguém se moveu, mas pouco depois muitos foram para a frente e deram testemunho de confissão. Tivemos precioso período de oração e todos se sentiram quebrantados, chorando e confessando seus pecados. Quem dera que cada um compreendesse! -- Diário, 9 de Novembro de 1890. Início da obra na Suíça ME1 146 1 Sábado e domingo foram períodos preciosos. O Senhor abençoou-me especialmente no falar domingo à tarde. Ao fim do discurso foi feito um convite a todos quantos desejassem ser cristãos, e a todos os que sentiam não ter viva ligação com Deus, para que fossem à frente, a fim de que uníssemos nossas orações às suas em busca de perdão do pecado, e de graça para resistir à tentação. ME1 146 2 Isto era uma nova experiência para muitos, mas não hesitaram. Dir-se-ia que toda a congregação se achava de pé, e o melhor que podiam fazer era sentar-se e buscarem todos juntamente o Senhor. Ali estava uma congregação inteira manifestando sua determinação de abandonar o pecado, e empenhar-se mais fervorosamente na obra de buscar a Deus. Depois da oração, cento e quinze testemunhos foram dados. Muitos desses mostravam genuína experiência nas coisas de Deus. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh-day Adventists, 173. Em Cristiânia [Oslo], Noruega ME1 146 3 Passamos duas semanas em Cristiânia, e trabalhamos diligentemente pela igreja. O Espírito do Senhor induziu-me a apresentar claro testemunho. Especialmente em nossa última reunião, apresentei-lhes a necessidade de inteira mudança no caráter, caso quisessem ser filhos de Deus. ... Insisti com eles quanto à necessidade de profundo arrependimento, confissão e abandono dos pecados que haviam afastado da igreja o doce espírito de Cristo. Convidamos então à frente os que quisessem tomar decidida posição ao lado do Senhor. Muitos corresponderam. Foram feitas algumas boas confissões, e dados fervorosos testemunhos. -- The Review and Herald, 19 de Outubro de 1886. A determinação indicada pelo erguer-se ME1 147 1 Foi feito [em Basiléia, Suíça] um pedido de que se erguessem todos quantos quisessem fazer daí em diante os mais sinceros esforços para atingir mais elevada norma. Todos se levantaram. Esperamos que isto tenha agora sobre eles o efeito de ganhá-los para Deus e os pensamentos celestes, e para fazerem esforços mais diligentes para ser tudo quanto Deus lhes deu poder para serem -- fiéis e verdadeiramente devotados soldados da cruz de Cristo. -- Diário, 22 de Novembro de 1885. Indiferentes reconduzidos em Basiléia ME1 147 2 Na tarde do sábado reunimo-nos outra vez para uma reunião de testemunhos. A bênção do Senhor repousou sobre mim ao dirigir-me novamente ao povo por alguns momentos. Todos os assentos estavam ocupados e foram trazidos outros ainda. Todos escutavam com profundo interesse. ME1 147 3 Convidei os que desejassem as orações dos servos de Deus a vir para a frente. Todos os que haviam estado indiferentes, todos quantos desejassem voltar para o Senhor e buscá-Lo diligentemente, podiam aproveitar a oportunidade. Vários assentos foram prontamente ocupados e toda a congregação se pôs em movimento. Dissemos-lhes que o melhor que podiam fazer era sentar-se mesmo onde estavam, e todos buscaríamos juntos o Senhor confessando nossos pecados, e o Senhor empenhara Sua palavra: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. ME1 147 4 Muitos testemunhos foram dados em rápida sucessão e com profundidade de sentimentos, mostrando que os corações estavam tocados pelo Espírito de Deus. Nossas reuniões continuaram de duas da tarde às cinco, e então fomos obrigados a concluir, com várias orações fervorosas. -- Diário, 20 de Fevereiro de 1887. Destacada experiência na Austrália ME1 147 5 No sábado, 25 de Maio [1895], tivemos preciosa reunião na sala em que nosso povo se reuniu em Fitzroy do Norte. Por vários dias antes da reunião, eu sabia que esperavam que eu falasse na igreja no sábado; infelizmente, porém, tive forte resfriado e fiquei inteiramente rouca. Senti-me inclinada a escusar-me dessa combinação; mas como fosse minha única oportunidade, disse: "Irei à presença do povo, e creio que o Senhor atenderá a minhas fervorosas orações, e afastará a afonia de maneira que eu possa apresentar minha mensagem ao povo." Aleguei a meu Pai celeste a promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. ... Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial, o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" Lucas 11:9-13. ... ME1 148 1 A Palavra de Deus é fiel. Eu pedira, e acreditava que seria habilitada a falar ao povo. Escolhi uma parte da Escritura; quando me ergui para falar, porém, ela me foi tirada da mente, e senti-me impressionada a falar sobre o primeiro capítulo de 2 Pedro. O Senhor me deu especial espontaneidade no apresentar o valor da graça de Deus. ... Pelo auxílio do Espírito Santo, fui habilitada a falar com clareza e poder. ME1 148 2 Ao fim de meu discurso, fui impressionada pelo Espírito de Deus a estender àqueles que desejassem entregar-se inteiramente ao Senhor, um convite para irem à frente. Os que sentiram a necessidade das orações dos servos de Deus foram convidados a manifestá-lo. Cerca de trinta foram para a frente. Entre esses achavam-se as esposas dos irmãos F, as quais, pela primeira vez, manifestavam o desejo de aproximar-se de Deus. Meu coração encheu-se de indizível reconhecimento pelo gesto dessas duas mulheres. ME1 148 3 Pude ver então porque fora tão intensamente movida a fazer esse convite. Eu hesitara a princípio, cogitando se isto seria o melhor a fazer, quando meu filho e eu éramos os únicos, ao que me parecia, a prestar auxílio naquela ocasião. Mas como se alguém me houvesse falado, atravessou-me a mente o pensamento: "Não podes confiar no Senhor?" E disse: "Fá-lo-ei, Senhor." Se bem que meu filho ficasse muito surpreendido de que eu fizesse um apelo assim em tal ocasião, esteve à altura da emergência. Nunca o ouvi falar com maior poder ou mais profundo sentimento que naquela ocasião. Chamou os irmãos Faulkhead e Salisbury à frente, e ajoelhamos em oração. Meu filho tomou a iniciativa, e certamente o Senhor dirigiu a súplica; pois ele parecia orar como se estivesse na presença de Deus. Os irmãos Faulkhead e Salisbury também fizeram fervorosas petições, e então o Senhor me deu voz para orar. Lembrei as irmãs F, que, pela primeira vez tomavam publicamente posição ao lado da verdade. O Espírito Santo Se achava na reunião, e muitos foram movidos por Sua profunda atuação. ME1 149 1 Ao fim da reunião muitos abriram caminho para a plataforma, e tomando-me a mão pediram-me com lágrimas que orasse por eles. Respondi de coração: "Eu o farei." As irmãs F foram-me apresentadas, e verifiquei que tinham o coração muito brando. ... A mãe de uma das irmãs que se colocaram agora ao lado da verdade, tem sido cruel oponente, e ameaçou que, se a filha se tornasse observadora do sábado, não lhe permitiria entrar em sua casa; pois a mãe a consideraria uma vergonha para a família. A Sra. F. declarara muitas vezes que jamais se uniria aos adventistas do sétimo dia. Fora criada na igreja presbiteriana, e educada na idéia de que era muito impróprio uma mulher falar na reunião, e que uma mulher pregar era de todo fora dos limites da propriedade. Ela gostou de ouvir os Pastores Daniells e Corliss, e achou-os pregadores muito talentosos, mas não queria ouvir uma mulher pregar. O marido orara para que Deus arranjasse de tal modo as coisas que ela se convertesse pelo ministério da irmã White. Quando fiz o apelo, e instei para que fossem para a frente aqueles que sentissem sua necessidade de chegar mais perto de Deus, para surpresa de todos, essas irmãs foram à frente. A irmã que perdera seu pequenino, disse que estava decidida a não ir para a frente, mas que o Espírito do Senhor lhe impressionara tão fortemente o espírito que não ousara recusar. ... Sinto-me tão grata a meu Pai celeste por Sua amorável benignidade em levar essas duas almas a se unirem com seus maridos na obediência à verdade! -- The Review and Herald, 30 de Julho de 1895. Visitantes não adventistas respondem na igreja de Ashfield ME1 150 1 Convidei todos quantos quisessem entregar-se a Deus em concerto sagrado, e servi-Lo de todo o coração a que se levantassem. A casa estava cheia, e quase todos se ergueram. Achava-se presente uma porção de pessoas não pertencentes a nossa fé, e alguns deles se levantaram. Apresentei-os ao Senhor em fervorosa oração, e sabemos que tivemos a manifestação do Espírito de Deus. Sentimos que havia sido realmente obtida uma vitória. -- Manuscrito 30a, 1896. O chamado especial no colégio de Battle Creek ME1 150 2 Falei agora cinco vezes aos auxiliares, classe de enfermagem e aos médicos durante a Semana de Oração, e estou certa de que minhas palestras são apreciadas. Falei duas vezes no colégio. A última quinta-feira o Prof. Prescott desejou que eu fosse lá. Fui e orei e falei à grande capela cheia de alunos. Senti-me à vontade ao falar e apresentar perante eles a bondade e a misericórdia de Deus e a grande condescendência e sacrifício de Jesus Cristo, e o galardão celeste comprado para nós, a última vitória, e o privilégio que é ser cristão. ME1 150 3 O Prof. Prescott ergueu-se e tentou falar, mas seu coração estava cheio e ele não conseguiu proferir uma palavra por cinco minutos, mas ficou a chorar perante o povo. Então, disse algumas palavras: "Estou alegre por ser cristão." Falou por cerca de cinco minutos, depois franqueou a todos falar. Foram dados muitos testemunhos, mas pareceu-me que precisava ser alcançado um grupo que ainda não havíamos conseguido atingir. Chamamos a vir à frente todos quantos sentissem que não estavam preparados para a vinda de Cristo e não tinham evidência de sua aceitação por Deus. Penso que toda a casa se emocionou. Demos então oportunidade para todos exprimirem seus sentimentos, mas tivemos depois de um pouco, outro período de oração, e a bênção do Senhor pareceu atingir corações. ME1 150 4 Separamo-nos então em grupos, e continuamos a obra por duas horas mais, e o Espírito do Senhor veio de maneira assinalada à reunião. Vários dos que não haviam conhecido coisa alguma de uma fé religiosa, incrédulos do mundo, obtiveram genuína experiência na vida religiosa. E a obra está indo mais e mais fundo. O Senhor está operando e há de operar, assim que preparemos o caminho para Ele, de modo que possa revelar com segurança Seu poder em nosso favor. -- Carta 75, 1888. Chamado à frente em São Francisco ME1 151 1 Sexta-feira, 21 de Dezembro [1900], fui a São Francisco, onde devia passar a Semana de Oração. Sábado à tarde falei à igreja ali, se bem que me achasse tão fraca que tivesse de segurar-me ao púlpito com ambas as mãos para firmar-me. Pedi ao Senhor que me desse forças para falar ao povo. Ele ouviu minha oração, e fortaleceu-me. Tive grande facilidade em falar sobre Apocalipse 2:1-5. ME1 151 2 O toque profundo do Espírito de Deus veio sobre mim, e o povo foi fortemente impressionado com a mensagem dada. Depois de eu terminar, todos quantos desejassem entregar-se ao Senhor foram convidados a ir à frente. Grande número correspondeu, e foi feita oração por eles. Vários dos que se adiantaram são pessoas que ouviram recentemente a mensagem adventista, e acham-se no vale da decisão. Oxalá o Senhor fortaleça a boa impressão feita sobre eles, e possam entregar-se inteiramente a Ele. Oh! como anseio ver almas convertidas, e ouvi-las cantar um novo cântico, isto é, o louvor de nosso Deus! ME1 151 3 Falei domingo à tarde a um grande auditório, muitos dos quais não são de nossa fé. Minhas forças foram renovadas, e fui capaz de, sem segurar-me ao púlpito, ficar perante o povo. A bênção do Senhor repousou sobre nós, e veio-me acréscimo de força enquanto falava. Como no sábado, os que buscavam auxílio espiritual foram chamados à frente, e alegramo-nos ao ver a pronta resposta. O Senhor chegou muito perto ao buscarmo-Lo em oração. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1901. Obra semelhante em toda igreja ME1 151 4 Sábado, 10 de Novembro, visitei São Francisco, e falei a uma igreja cheia de gente que tinha ouvidos para ouvir e coração para entender. ... Depois de eu terminar, o Pastor Corliss convidou todos os que desejassem entregar-se a Jesus a irem à frente. Houve pronta e feliz resposta, e foi-me dito que cerca de duzentas pessoas foram para a frente. Homens e mulheres, jovens e crianças abriram caminho para os bancos dianteiros. O Senhor Se agradaria de ter um trabalho semelhante feito em toda igreja. ME1 152 1 Muitos não puderam ir à frente devido a estar o salão tão cheio; todavia os semblantes animados e os olhos lacrimosos testificaram de sua determinação: "Estarei ao lado do Senhor. De agora em diante buscarei diligentemente atingir mais elevada norma." -- The Review and Herald, 12 de Fevereiro de 1901. Resposta na Assembléia Geral de 1909 ME1 152 2 Meus irmãos e minhas irmãs, buscai ao Senhor enquanto Ele Se pode achar. Virá tempo em que os que desperdiçaram seu tempo e oportunidades desejariam havê-lo buscado. ... Ele quer que vos conserveis na linha da razão, e na do trabalho. Quer que vades a nossas igrejas a trabalhar zelosamente para Ele. Quer que organizeis reuniões para os de fora das igrejas, para que aprendam as verdades desta última mensagem de advertência. Há lugares em que sereis recebidos com prazer, onde almas vos agradecerão por ir em seu auxílio. Que o Senhor vos ajude a lançar mão dessa obra como nunca dantes o fizestes. Fá-lo-eis? Erguer-vos-eis aqui e dareis testemunho de que fareis de Deus vossa confiança e vosso ajudador? [Levanta-se a congregação.] ME1 152 3 [Orando] Graças Te dou, Senhor Deus de Israel. Aceita esse compromisso deste Teu povo. Põe sobre eles o Teu Espírito. Seja neles vista tua glória. Ao falarem eles a Palavra da verdade, vejamos nós a salvação de Deus. Amém. -- The General Conference Bulletin, 18 de Maio de 1909. ------------------------Capítulo 19 -- Que pregar e que não pregar Deixar Cristo aparecer ME1 155 1 O objetivo de todo o ministério é conservar o eu fora de vistas, e deixar que Cristo apareça. A exaltação de Cristo é a grande verdade que todos os que trabalham por palavra e doutrina devem revelar. -- Manuscrito 109, 1897. ME1 155 2 Os obreiros na causa da verdade devem apresentar a justiça de Cristo, não como novo esclarecimento, mas como luz preciosa que foi por algum tempo perdida de vista pelo povo. Devemos aceitar Cristo como nosso Salvador pessoal, e Ele nos imputa a justiça de Deus em Cristo. Repitamos e acentuemos a verdade que João descreveu: "Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados." 1 João 4:10. ME1 155 3 No amor de Deus abriu-se o mais maravilhoso veio de verdade preciosa, e os tesouros da graça de Cristo são manifestados perante a igreja e o mundo. ... Que amor é este, quão maravilhoso, insondável amor que levou Cristo a morrer por nós enquanto éramos ainda pecadores! Que perda é para a alma que compreende as fortes reivindicações da lei, e todavia deixa de compreender a graça de Cristo, muito mais abundante! ME1 156 1 É verdade que a lei de Deus revela o amor de Deus quando é pregada como a verdade em Jesus, pois o dom de Cristo a este mundo culpado precisa ser largamente considerado em todo discurso. Não admira que os corações não se tenham abrandado pela verdade, uma vez que ela tem sido apresentada de maneira fria e destituída de vida. Não admira que a fé haja vacilado ante as promessas de Deus, quando pastores e obreiros têm deixado de apresentar Jesus em Sua relação para com a lei divina. Quantas vezes deviam eles haver assegurado ao povo que "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. ME1 156 2 Satanás está determinado a que os homens não vejam o amor de Deus, que O levou a dar Seu Filho unigênito para salvar a raça perdida; pois é a bondade de Deus que leva os homens ao arrependimento. Oh! como havemos de ser bem-sucedidos em pôr diante do mundo o profundo, precioso amor divino? De nenhuma outra maneira podemos abrangê-lo a não ser exclamando: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. Digamos aos pecadores: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Mediante o apresentar a Jesus como representante do Pai, seremos habilitados a dissipar as sombras que Satanás tem lançado em nosso caminho, a fim de não podermos ver a misericórdia e o inexprimível amor de Deus tal como se manifesta em Jesus Cristo. Olhai à cruz do Calvário. Ela é permanente penhor do amor infinito, da incomensurável misericórdia do Pai celestial. -- Manuscrito 154, 1897. O Espírito Santo ME1 156 3 Cristo, o grande Mestre, possuía ilimitada variedade de assuntos de que escolher, mas aquele em que mais longamente demorava era a dotação do Espírito Santo. Quão grandes coisas predisse Ele para a igreja em virtude desse dom! Todavia, que assunto é menos considerado agora? Que promessa é menos cumprida? Faz-se um discurso ocasional acerca do Espírito Santo, e depois o assunto é deixado para consideração posterior. -- Manuscrito 20, 1891. Ensinar os passos na conversão ME1 157 1 Os pastores devem ter uma maneira mais clara e simples na apresentação da verdade tal como é em Jesus. Sua própria mente deve compreender mais plenamente o grande plano da salvação. Poderão assim conduzir a mente dos ouvintes das coisas terrenas às espirituais e eternas. Muitos há que querem saber o que precisam fazer para salvar-se. Querem simples e clara explanação dos passos requeridos na conversão, e não deve ser feito um sermão sem que parte dele se destine a tornar claro o caminho para os pecadores irem a Cristo e se salvarem. Devem apontar-lhes Cristo, como fez João, e com tocante simplicidade, corações ardendo no amor de Cristo, dizer: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Fortes e diligentes apelos devem ser feitos ao pecador para que se arrependa e converta. ME1 157 2 Os que negligenciam essa parte da obra devem converter-se a si mesmos antes de se aventurarem a fazer um sermão. Aqueles cujo coração se encontra cheio do amor de Jesus, das preciosas verdades de Sua Palavra, serão capazes de tirar do tesouro de Deus coisas novas e velhas. Não terão tempo para narrar anedotas; não se fatigarão para tornar-se oradores, ascendendo a alturas a que não podem levar com eles o povo; mas em linguagem simples, com tocante veemência, apresentarão a verdade como é em Jesus. -- The Review and Herald, 22 de Fevereiro de 1887. Reavivamento de antigas verdades adventistas ME1 157 3 Há uma obra de sagrada importância a ser realizada pelos pastores e pelo povo. Devem estudar a história da causa e do povo de Deus. Cumpre-lhes não esquecer o passado trato de Deus com Seu povo. Devem reavivar e repetir as verdades que chegaram a parecer de pouco valor aos que não conhecem por experiência pessoal o poder e o brilho que as acompanharam ao serem vistas e compreendidas no princípio. Em toda a sua frescura e força originais devem essas verdades ser dadas ao mundo. -- Manuscrito 22, 1890. O ministério dos anjos ME1 158 1 Pela alma de todo homem, porfiam anjos bons e anjos maus. É o próprio homem que determina qual deles ganhará. Peço aos ministros de Cristo que forcem sobre o entendimento de todos os que lhes chegarem ao alcance da voz, a verdade do ministério dos anjos. Não condescendais com fantasiosas especulações. A palavra escrita é nossa única segurança. Importa orarmos como Daniel, para que sejamos guardados por seres celestes. -- Carta 201, 1899. Sermões argumentativos ME1 158 2 Os muitos sermões argumentativos pregados, raramente abrandam e vencem a alma. ... Deve ser a preocupação de todo mensageiro salientar a plenitude de Cristo. Quando o dom gratuito da justiça de Cristo não é apresentado, os discursos são secos e destituídos de espírito; as ovelhas e os cordeiros não são alimentados. Disse Paulo: "A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder." 1 Coríntios 2:4. Há no evangelho essência e cerne. Jesus é o centro vivo de todas as coisas. Introduzi Cristo em todo sermão. Demorai-vos na preciosidade, misericórdia e glória de Jesus Cristo; pois Cristo formado no interior é a esperança da glória. -- Carta 15, 1892. Apresentar a verdade em mansidão ME1 158 3 Sede mensageiros cuidadosos. Não estejais ansiosos de ouvir e aceitar novas teorias, pois com freqüência estas são de tal natureza que nunca devem ser apresentadas à congregação. Não profirais palavras jactanciosas, de exaltação própria. Saia a Palavra de Deus de lábios santificados pela verdade. Todo pastor deve pregar a verdade tal como é em Jesus. Deve estar seguro daquilo que afirma, e manejar a Palavra de Deus sob a direção do Espírito Santo de Deus. Andai e trabalhai cuidadosamente diante de Deus, meus irmãos, para que alma alguma venha a ser enganada pelo vosso exemplo. Ser-vos-ia melhor nunca haverdes nascido do que levardes uma alma a se desencaminhar. ME1 159 1 Os que professam ser servos de Deus necessitam fazer obra diligente na obtenção daquela vida em que o pecado e a doença e a dor não podem penetrar. Devem ser insistentes a tempo e fora de tempo. ME1 159 2 Deus pede reformadores que falem de nossos púlpitos palavras vigorosas e de molde a elevar. É quando os homens falam as próprias palavras em sua própria força, em lugar de pregar a Palavra de Deus no poder do Espírito, que se magoam e ofendem quando suas palavras não são recebidas com entusiasmo. É então que são tentados a proferir palavras que suscitam o espírito de amargura e oposição em seus ouvintes. Estai avisados, meus irmãos. Tais palavras não devem sair dos lábios dos embaixadores de Cristo. Lábios santificados proferirão palavras que reformam, mas não exasperam. A verdade deve ser apresentada na mansidão e no amor de Cristo. -- Carta 348, 1907. Armadilha do inimigo ME1 159 3 Devemos orar por iluminação divina, mas ao mesmo tempo ser cuidadosos quanto à maneira por que recebemos tudo quanto se nomeia novo esclarecimento. Precisamos acautelar-nos, não seja que, sob a capa de procurar verdade nova, Satanás nos desvie a mente de Cristo e das verdades especiais para este tempo. Foi-me mostrado que é a tática do inimigo levar as mentes a se deterem em algum ponto obscuro ou sem importância, alguma coisa que não foi plenamente revelada ou não é essencial a nossa salvação. Isso se torna o tema de todos os momentos, a "verdade resente", quando todas as suas pesquisas e suposições só servem para tornar as coisas mais obscuras que dantes, e confundir o espírito de alguns que deviam estar buscando unidade mediante a santificação da verdade. -- Carta 7, 1891. Suposições e conjeturas humanas ME1 159 4 Ninguém apresente belos sofismas científicos para embalar o povo de Deus, adormecendo-o. Não revistais a solene, sagrada verdade para este tempo de qualquer roupagem fantástica de sabedoria humana. Detenham-se aqueles que tenham estado a fazer isto, e clamem a Deus para salvar-lhes a alma de fábulas enganosas. ME1 160 1 É a energia viva do Espírito Santo que moverá os corações, não teorias aprazíveis e enganadoras. Apresentações fantasiosas não são o pão da vida; não podem salvar a alma do pecado. ME1 160 2 Cristo foi enviado do Céu para redimir a humanidade. Ensinou as doutrinas que Deus Lhe deu a ensinar. As verdades por Ele proclamadas, tais como se encontram no Antigo e Novo Testamentos, devemos hoje proclamar como a Palavra do Deus vivo. ME1 160 3 Vão os que querem o pão da vida às Escrituras, não ao ensino de homens finitos, errantes. Dai ao povo o pão da vida que Cristo veio do Céu trazer-nos. Não mistureis vosso ensino com suposições e conjeturas humanas. Quem dera que todos soubessem quanto necessitam comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus -- fazer Suas palavras uma parte de sua própria vida. -- Manuscrito 44, 1904. Fé baseada na verdade ME1 160 4 Anseio diariamente ser capaz de cumprir dobrado dever. Tenho estado a suplicar ao Senhor força e sabedoria para reproduzir os escritos das testemunhas que foram confirmadas na fé e na primitiva história da mensagem. Após a passagem do tempo em 1844, eles receberam a luz e andaram na luz, e quando os homens que pretendiam possuir novo esclarecimento vinham com suas maravilhosas mensagens acerca de vários pontos da Escritura, tínhamos, pela atuação do Espírito Santo, testemunhos bem definidos, que excluíam a influência de mensagens como as que o Pastor G tem devotado o tempo a apresentar. Esse pobre homem tem estado a trabalhar decididamente contra a verdade confirmada pelo Espírito Santo. ME1 161 1 Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles são verdade, mas que não o são. Deu-nos Deus a verdade para este tempo como um fundamento para nossa fé. Ele próprio nos ensinou o que é a verdade. Aparecerá um, e ainda outro, com nova iluminação, que contradiz aquela que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito. Vivem ainda alguns que passaram pela experiência obtida quando esta verdade foi firmada. Deus lhes tem benignamente poupado a vida para repetir e repetir até ao fim da existência a experiência por que passaram da mesma maneira que o fez o apóstolo João até ao termo de sua vida. E os porta-bandeiras que tombaram na morte devem falar mediante a reimpressão de seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este tempo. ME1 161 2 Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em contradição com os pontos especiais de nossa fé. Eles reúnem uma porção de passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isto tem sido repetidamente feito durante os cinqüenta anos passados. E se bem que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, e devam ser respeitadas, sua aplicação, uma vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus estes cinqüenta anos, constitui grande erro. Aquele que faz tal aplicação ignora a maravilhosa demonstração do Espírito Santo que deu poder e força às mensagens passadas, vindas ao povo de Deus. ME1 161 3 As provas do Pastor G não são de confiar. Caso sejam recebidas, destruirão a fé do povo de Deus na verdade que fez de nós o que somos. ME1 161 4 Importa que sejamos decididos quanto a esse assunto; pois os pontos que ele tem estado procurando provar pelas Escrituras não são seguros. Não provam que a experiência passada do povo de Deus fosse enganosa. Tínhamos a verdade; éramos dirigidos pelos anjos de Deus. Foi sob a direção do Espírito Santo que a apresentação do assunto do santuário foi proporcionada. É eloqüência da parte de cada um manter-se em silêncio a respeito dos aspectos de nossa fé em que não desempenhou qualquer parte. Deus nunca Se contradiz. São mal aplicadas provas escriturísticas, uma vez que sejam forçadas para testificar daquilo que não é verdadeiro. Outros e mais outros se levantarão e introduzirão pseudo grande esclarecimento, e farão suas afirmações. Nós, porém, permanecemos com os velhos marcos. 1 João 1:1-10. ME1 162 1 Estou instruída a dizer que estas palavras podemos usar como sendo apropriadas para este tempo, pois é chegado o tempo em que o pecado precisa ser chamado por seu justo nome. Somos estorvados em nosso trabalho por homens não convertidos, que buscam sua própria glória. Desejam ser considerados originadores de teorias novas, as quais apresentam pretendendo que sejam verdade. Se, porém, essas teorias forem recebidas, levarão à negação da verdade que, nos últimos cinqüenta anos, Deus tem estado a conceder a Seu povo, comprovando-a pela demonstração de Seu Santo Espírito. -- Carta 329, 1905. As verdades reveladas ME1 162 2 "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." 1 Timóteo 2:15. Aprendei a tomar as verdades que foram reveladas, e a manejá-las de tal maneira que sejam alimento ao rebanho de Deus. ME1 162 3 Encontraremos os que permitem sua mente vaguear em ociosas especulações acerca de coisas de que nada se diz na Palavra de Deus. Deus falou na linguagem mais clara sobre todo assunto que afeta à salvação da alma. Deseja, porém, que evitemos os devaneios, e diz: Ide hoje trabalhar em Minha vinha. A noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Deixai toda curiosidade ociosa; vigiai, trabalhar e orai. Estudai as verdades que têm sido reveladas. Cristo deseja romper com todas as fantasias ociosas, e indica-nos os campos maduros para a ceifa. A menos que trabalhemos diligentemente, a eternidade nos esmagará com seu peso de responsabilidades. ... ME1 162 4 Nos dias dos apóstolos foram apresentadas como verdade as mais tolas heresias. A história tem sido e será repetida. Haverá sempre pessoas que, se bem que aparentemente conscienciosas, se apeguem à sombra, preferindo-a à substância. Tomam o erro em vez da verdade, porque o erro se acha revestido de nova roupagem que, pensam, cobre algo de maravilhoso. Seja, porém, removida a cobertura, e aparece a nulidade. -- The Review and Herald, 5 de Fevereiro de 1901. Questões de importância eterna ME1 163 1 Detende-vos sobre as lições sobre que Cristo Se demorava. Apresentai-as ao povo como Ele as apresentava. Insisti nos assuntos que dizem respeito ao bem-estar eterno. Tudo quanto o inimigo pode arquitetar para desviar a mente da Palavra de Deus, tudo quanto é novo e estranho que ele possa originar para criar uma diversidade de sentimento, ele introduzirá como alguma coisa maravilhosamente importante. Mas as coisas que não podemos compreender claramente não têm para nós um décimo da importância das verdades da Palavra de Deus, que podemos compreender claramente e introduzir na vida diária. Cumpre-nos ensinar ao povo as lições que Cristo introduziu em Seus ensinos, tiradas das Escrituras do Antigo Testamento. A linguagem da verdade divina é claríssima. -- Carta 16, 1903. Pontos desnecessários à fé ME1 163 2 Há muitos assuntos de que se trata, os quais não são necessários ao aperfeiçoamento da fé. Não temos tempo para seu estudo. Muitas coisas se encontram além da compreensão finita. Devem ser recebidas verdades fora do alcance de nossa razão, e que não são de molde a serem por nós explicadas. A revelação no-las apresenta para serem implicitamente recebidas como palavras de um Deus infinito. Ao passo que todo indagador capaz deve buscar a verdade tal como é em Jesus, há ainda coisas não simplificadas, declarações que a mente humana não pode apreender nem deslindar pelo raciocínio sem estar sujeita a fazer cálculos e explicações humanos, os quais não se demonstrarão um cheiro de vida para vida. ME1 163 3 Toda verdade que nos é essencial introduzir na vida prática, que diz respeito à salvação da alma, é tornada clara e positiva. -- Carta 8, 1895. ------------------------Capítulo 20 -- Nossa atitude para com controvérsias doutrinárias "O contínuo" de Daniel oito ME1 164 1 Tenho alguma coisa a dizer a meus irmãos de Leste, Oeste, Norte e Sul. Peço que meus escritos não sejam usados como argumento principal para solucionar questões sobre que há agora tanto debate. Rogo aos Pastores H, I, J, e outros de nossos principais irmãos, que não façam referência a meus escritos para apoiar seus pontos de vista quanto ao "contínuo". ME1 164 2 Foi-me mostrado que isto não é um assunto de importância vital. Fui instruída de que nossos irmãos estão cometendo um erro em aumentar a importância da diferença entre os pontos de vista mantidos. Não posso consentir que qualquer de meus escritos seja tomado como solucionando esse assunto. O verdadeiro sentido do "contínuo" não deve ser tornado questão de prova. ME1 164 3 Peço agora que meus irmãos do ministério não façam uso de meus escritos em seus argumentos quanto a essa questão ["o contínuo"]; pois não tive nenhuma instrução a respeito do ponto em discussão, e não vejo necessidade alguma para a polêmica. No que concerne a esse assunto sob as condições atuais, o silêncio é eloqüência. ME1 164 4 O inimigo de nossa obra se agrada quando um assunto de menor importância pode ser usado para desviar a mente de nossos irmãos, das grandes questões que devem constituir a preocupação de nossa mensagem. Como isto não é ponto de prova, rogo a meus irmãos não permitirem que o inimigo triunfe, fazendo que seja tratado como tal. Os verdadeiros pontos de prova ME1 165 1 A obra que o Senhor nos deu neste tempo é apresentar ao povo o verdadeiro esclarecimento quanto aos pontos de prova de obediência e salvação -- os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. ME1 165 2 Em alguns de nossos livros importantes que têm estado no prelo por anos, e que têm trazido muitos ao conhecimento da verdade, podem-se encontrar assuntos de menor importância que pedem cuidadoso estudo e correção. Sejam esses assuntos considerados por aqueles que são regularmente designados para superintenderem nossas publicações. Não magnifiquem os irmãos, nem colportores nem pastores esses assuntos, de maneira que diminuam a influência desses bons livros salvadores de almas. Empreendêssemos nós a obra de desacreditar nossa literatura, e poríamos armas nas mãos dos que se apartaram da fé, e confundiríamos a mente dos que abraçaram recentemente a mensagem. Quanto menos se fizer para mudar desnecessariamente nossas publicações, tanto melhor. ME1 165 3 Parece-me, durante a noite, estar repetindo a meus irmãos que ocupam posições de responsabilidade palavras de 1 João. [Citado Capítulo 1.] Conversão diária ME1 165 4 Nossos irmãos devem compreender que o próprio eu necessita ser humilhado e posto sob o domínio do Espírito Santo. O Senhor pede àqueles dentre nós que têm recebido grande esclarecimento que se convertam diariamente. Esta é a mensagem que tenho de apresentar a nossos redatores e aos presidentes de todas as associações. É preciso andarmos na luz enquanto temos luz, para que as trevas não venham sobre nós. ME1 165 5 Todos quantos são guiados pelo Santo Espírito de Deus terão uma mensagem para este último tempo. Sentirão, no espírito e no coração, a responsabilidade pelas almas, e levarão a mensagem celeste de Cristo àqueles com quem entram em contato. Os que procedem no falar da mesma maneira que os gentios, não podem ser introduzidos nas cortes celestes. Meus irmãos, recebei a luz, remindo o tempo, porque os dias são maus. ME1 166 1 Satanás está trabalhando ativamente com todos quantos a isso o animarem. Os que possuem a luz, mas nela se recusam a andar, ficarão confundidos, até que as trevas lhes permeiem a alma, moldando-lhes todo o procedimento. O Espírito de sabedoria e bondade de Deus, porém, tal como se revela em Sua Palavra, tornar-se-á cada vez mais brilhante à medida que avançam na vereda da verdadeira obediência. Todas as justas reivindicações de Deus serão satisfeitas mediante a santificação do Espírito Santo. ... ME1 166 2 Grandes privilégios e bênçãos há para todos quantos se humilharem e consagrarem inteiramente o coração a Deus. Ser-lhes-á dada grande luz. Quando os homens estiverem dispostos a ser transformados, então se exercitarão na piedade. ME1 166 3 "E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça." João 1:16. "A Minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza." 2 Coríntios 12:9. Diz o Salvador: "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:18-20. ME1 166 4 Continuará acaso esta riqueza de graça e de poder para o serviço inapreciada entre nós, desviando-nos nós dela sem tomar prazer? À instrução que me é solicitado dar a nosso povo agora é a mesma que dei quando em Washington. O Senhor pede esforço individual. Uma pessoa não pode fazer o trabalho de outra. Grande luz tem estado a brilhar, mas não tem sido plenamente compreendida e recebida. Caso nossos irmãos se consagrem agora sem reservas a Deus, Ele os aceitará. Dar-lhes-á transformação de mente, para que sejam cheiro de vida para vida. Despertai, irmãos e irmãs, para que alcanceis vossa alta vocação por Cristo Jesus, nosso Senhor. -- Manuscrito 11, 1910. Não é ponto de prova ME1 167 1 A Meus Irmãos do Ministério: Prezados Coobreiros: Tenho palavras a dizer a... todos os que têm sido ativos em insistir em seus pontos de vista relativamente à significação do "contínuo" de Daniel 8. Isto não deve ser tornado ponto de prova, e a agitação que tem sido ocasionada por ser tratado como tal, tem sido deveras lamentável; tem dado em resultado confusão; e a mente de alguns de nossos irmãos tem sido desviada da refletida consideração que devia haver sido dada à obra que o Senhor instruiu fosse feita neste tempo em nossas cidades. Isto tem agradado ao grande inimigo de nossa obra. ME1 167 2 O esclarecimento que me foi dado é que nada se deve fazer para aumentar a agitação sobre esse ponto. Não seja ele introduzido em nossos discursos nem nele nos demoremos como coisa de grande importância. Temos diante de nós uma grande obra, e não há nem uma hora a perder da obra essencial a ser efetuada. Limitemos nossas conferências públicas à apresentação dos importantes aspectos da verdade em que estamos unidos, e sobre que possuímos clareza. ME1 167 3 Desejaria trazer a vossa atenção a última oração de Cristo, segundo se acha registrada em João 17. Há muitos assuntos sobre que podemos falar -- verdades probantes, belas em sua simplicidade. Em torno destas, podeis demorar com intenso fervor. Não seja, porém, "o contínuo" ou qualquer outro assunto que suscite discussões entre os irmãos introduzido neste tempo; pois isto retardará e estorvará a obra em que o Senhor quer que a mente de nossos irmãos se concentre agora. Não agitemos questões que revelarão assinalada diferença de opinião, mas tiremos antes da Palavra as verdades sagradas referentes às vigentes reivindicações da lei de Deus. ME1 167 4 Nossos pastores devem buscar apresentar a verdade da maneira mais favorável. Falem todos, o quanto possível, a mesma coisa. Sejam os discursos simples, e tratem de assuntos vitais que possam ser facilmente compreendidos. Quando todos os ministros virem a necessidade de se humilharem, então, o Senhor pode operar por meio deles. Necessitamos, agora, reconverter-nos, para que anjos de Deus cooperem conosco, produzindo sagrada impressão na mente daqueles por quem trabalhamos. Puxar em cordas eqüitativas ME1 168 1 Precisamos combinar-nos nos laços da unidade cristã; então, não serão vãos nossos labores. Puxai com cordas eqüitativas, e não permitais que penetrem contendas. Revelai o poder unificador da verdade, e isto produzirá na mente humana poderosa impressão. Há força na unidade. ME1 168 2 Não estamos em tempo de dar preeminência a pontos de divergência sem importância. Se alguns que não têm tido viva e vigorosa ligação com o Mestre revelam ao mundo sua fraqueza na experiência cristã, os inimigos da verdade, que nos estão observando de perto, aproveitarão isto ao máximo, e nossa obra será prejudicada. Cultivemos todos a mansidão, e aprendamos lições dAquele que é manso e humilde de coração. ME1 168 3 O assunto do "contínuo" não devia suscitar tais movimentos como têm sido feitos. Em resultado da maneira por que esse assunto foi tratado por homens de ambos os lados da questão, tem surgido polêmica e dado em resultado confusão. ... Conquanto exista o estado atual de divergência de opiniões quanto a este assunto, não lhe deis preeminência. Cesse toda contenda. Numa ocasião assim, o silêncio é eloqüência. ME1 168 4 O dever dos servos de Deus neste tempo é pregar a Palavra nas cidades. Cristo veio das cortes celestes à Terra a fim de salvar almas e nós, como esmoleres de Sua graça, necessitamos comunicar aos habitantes das grandes cidades um conhecimento de Sua salvadora verdade. -- Carta 62, 1910. ------------------------Capítulo 21 -- Ensinos fantasiosos ou especulativos Nenhuma transigência ME1 169 1 Preciso apresentar a nossos irmãos mensagem positiva. Não haja transigência com o mal. Enfrentai ousadamente as influências perigosas que surgirem. Não temais os resultados de resistir às forças do inimigo. ME1 169 2 Nestes dias estão sendo ensinados muitos enganos como sendo verdades. Alguns de nossos irmãos têm ensinado pontos de vista que não podemos endossar. Idéias fantasiosas, interpretações forçadas e peculiares das Escrituras, estão-se introduzindo. Alguns desses ensinos talvez não pareçam agora senão jotas e tis, mas crescerão e se tornarão laços para os inexperientes. ME1 169 3 Temos decidida obra a fazer. Não nos faça o inimigo desviar da proclamação da verdade definida para nossos dias, e nos encaminhe a atenção a idéias fantasiosas. ME1 169 4 A menos que estejamos, individualmente, de todo alerta para discernir a operação do Espírito Santo, certamente havemos de tropeçar e cair nos satânicos laços da incredulidade. Rogo a meus irmãos que vigiem como pastores fiéis e guardiões sobre os inexperientes, os quais se acham expostos aos ardis de influências sedutoras. Mantende contínua vigilância quanto aos recifes e areias movediças que ameaçam destruir a fé nas mensagens que Deus nos tem dado para este tempo. Velai por almas como quem tem de dar contas. ... ME1 170 1 Precisamos esquadrinhar diariamente as Escrituras, para que conheçamos o caminho do Senhor, e não sejamos enganados pelos erros religiosos. O mundo está cheio de teorias falsas e idéias espiritualistas sedutoras, que tendem a destruir a clara percepção espiritual, e afastar da verdade e da santidade. Especialmente neste tempo, precisamos dar ouvidos à advertência: "Ninguém vos engane com palavras vãs." Efésios 5:6. ME1 170 2 Cumpre-nos ser cuidadosos para que não interpretemos mal as Escrituras. Os claros ensinos da Palavra de Deus não devem ser tão espiritualizados que a realidade se perca de vista. Não forceis o sentido de sentenças bíblicas no esforço de produzir qualquer coisa de singular a fim de comprazer a fantasia. Tomai as Escrituras como rezam. Evitai ociosas especulações acerca do que será no reino do Céu. -- Manuscrito 30, 1904. Questão de vida e morte ME1 170 3 Têm-me chegado cartas com perguntas acerca do ensino de alguns que dizem que coisa alguma em que haja vida deve ser morta, nem mesmo os insetos, por mais mortificantes ou aflitivos que sejam. Será possível que alguém pretenda que Deus lhe tenha dado esta mensagem para comunicar ao povo? Deus jamais deu a qualquer ser humano tal mensagem. Deus não disse a ninguém que é pecado matar os insetos que nos destroem a paz e o repouso. Em todos os Seus ensinos, Cristo não deu nenhuma mensagem dessa natureza, e Seus discípulos só devem ensinar aquilo que Ele lhes ordenou. ME1 170 4 Pessoas há que procuram sempre meter-se em disputas. Isto é a essência de sua religião. Estão cheias do desejo de produzir algo de novo e estranho. Apegam-se a coisas de somenos importância, exercitando nelas seus aguçados talentos polemísticos. ME1 170 5 Contos ociosos são introduzidos como verdades importantes, e para alguns eles são na verdade estabelecidos como pontos de prova. Assim se cria a polêmica, e a mente das pessoas é desviada da verdade presente. Satanás sabe que, se ele pode fazer com que homens e mulheres se absorvam em insignificantes detalhes, as questões de maior relevância serão deixadas sem atenção. Ele fornecerá abundância de matéria à atenção dos que estiverem dispostos a pensar em assuntos fúteis, sem importância. A mente dos fariseus estava absorvida com assuntos destituídos de valor. Eles passavam por alto as preciosas verdades da Palavra de Deus para discutir as tradições transmitidas de geração a geração, as quais de maneira alguma diziam respeito a sua salvação. E assim hoje enquanto momentos preciosos estão passando para a eternidade, as grandes questões da salvação são menosprezadas por alguma falsidade. ME1 171 1 Desejaria dizer a meus irmãos e irmãs: Mantende-vos achegados às instruções encontradas na Palavra de Deus. Considerai as ricas verdades das Escrituras. Unicamente assim podeis tornar-vos um em Cristo. Não tendes tempo de empenhar-vos em polêmicas acerca de matar insetos. Jesus não pôs sobre vós essa responsabilidade. "Que tem a palha com o trigo?" Jeremias 23:28. Essas questões laterais que surgem são como feno, madeira e palha quando comparados com a verdade para estes últimos dias. Os que deixam as grandes verdades da Palavra de Deus para falar de tais assuntos não estão pregando o evangelho. Estão lidando com vãos sofismas que o inimigo salienta para distrair a mente das verdades que dizem respeito a seu eterno bem-estar. Não têm nenhuma palavra de Cristo para apoiar suas suposições. ME1 171 2 Não gasteis vosso tempo na discussão de tais matérias. Se tendes quaisquer dúvidas no que concerne ao que vos cumpre ensinar, aos temas em que deveis demorar, ide direto aos discursos do grande Mestre, e segui-Lhe as instruções. ... ME1 171 3 Não permitais que coisa alguma tire vossa atenção do ponto: "Que farei para herdar a vida eterna?" Lucas 10:25. Esta é questão de vida e morte, que cada um de nós deve assentar para a eternidade. Seja a mente carregada com a importância da solene verdade que possuímos. Os que permitem a mente vaguear em busca de teorias baratas, sem importância, necessitam converter-se. ... ME1 171 4 Teorias errôneas, sem autoridade da Palavra de Deus, hão de entrar de um lado e do outro, e aos fracos estas teorias parecerão verdade que torna sábio. Elas, porém, são como nada. E todavia muitos membros de igreja têm ficado tão satisfeitos com alimento barato que têm uma religião dispéptica. Por que hão de homens e mulheres amesquinhar sua experiência apanhando fábulas vãs e apresentando-as como assuntos dignos de atenção? O povo de Deus não tem tempo para deter-se nas questões indefinidas, frívolas, que não têm nenhum apoio nas reivindicações de Deus. ME1 172 1 Deus deseja que homens e mulheres pensem com sobriedade, e sinceramente. Devem elevar-se a mais e mais alto grau, dominando um horizonte cada vez mais amplo. Olhando a Jesus, eles devem ser transformados a Sua imagem. Devem empregar seu tempo em busca das profundas, eternas, celestes verdades. Então não haverá nada frívolo em sua experiência religiosa. À medida que estudam as grandes verdades da Palavra de Deus, suportam a visão dAquele que é invisível. Vêem que as verdades mais inspiradoras e de molde a enobrecer, são aquelas mais intimamente relacionadas com a Fonte de toda verdade. E à medida que dEle aprendem, seus motivos e simpatia tornam-se firmes e imutáveis; pois as impressões produzidas pelo Onisciente são substanciais e duradouras. A água viva que Cristo dá, não é como uma nascente superficial, que rumoreja por um pouco, e depois seca. A água viva salta para a vida eterna. ME1 172 2 Sigamos a revelada vontade de Deus. Então conheceremos que a luz que recebemos vem da divina Fonte de toda a luz verdadeira. Os que cooperam com Cristo encontram-se em terreno seguro. Deus os abençoa ricamente à proporção que eles consagram suas energias à obra de salvar da corrupção o mundo. Cristo é nosso exemplo. Contemplando-O somos transformados à Sua imagem, de glória em glória, de caráter em caráter. Esta é nossa obra. Que Deus nos ajude a representar devidamente o Salvador do mundo. -- The Review and Herald, 13 de Agosto de 1901. Acerca da vida futura ME1 172 3 Homens há, hoje em dia, que exprimem sua crença em que haverá casamentos e nascimentos na Nova Terra; aqueles, porém, que acreditam nas Escrituras, não podem aceitar tais doutrinas. A doutrina de que nasçam crianças na Nova Terra não é parte da firme "palavra dos profetas". 2 Pedro 1:19. As palavras de Cristo são demasiado claras para serem mal compreendidas. Elas deviam liquidar para sempre a questão de casamentos e nascimentos na Nova Terra. Nem os que ressuscitarem, nem os que forem trasladados sem ver a morte se casarão ou serão dados em casamento. Serão como os anjos de Deus, membros da família real. ME1 173 1 Desejaria dizer aos que mantêm pontos de vista contrários a esta positiva declaração de Cristo: Sobre tais assuntos, o silêncio é eloqüência. É presunção condescender com suposições e teorias quanto a temas que Deus não nos deu a conhecer em Sua Palavra. Não necessitamos entrar em especulação relativamente ao nosso estado futuro. ME1 173 2 A meus irmãos do ministério, quero dizer: Pregai a Palavra; instai "a tempo e fora de tempo". 2 Timóteo 4:2. Não ponhais no fundamento madeira, feno e palha -- vossas próprias suposições e especulações, que a ninguém podem beneficiar. ME1 173 3 Cristo não reteve nenhuma verdade essencial a nossa salvação. As coisas que são reveladas são para nós e para nossos filhos, mas não devemos permitir que nossa imaginação estruture doutrinas concernentes a coisas não reveladas. ME1 173 4 O Senhor tomou toda providência para nossa felicidade na vida futura, mas não fez revelações a respeito desses planos, e não devemos especular sobre eles. Tampouco devemos medir as condições da vida futura pelas desta vida. ME1 173 5 Assuntos de vital importância foram claramente revelados na Palavra de Deus. Esses assuntos são dignos de nossa mais profunda reflexão. Mas não devemos pesquisar assuntos sobre que Deus silenciou. Alguns têm apresentado a especulação de que os remidos não terão cabelos grisalhos. Outras estultas suposições têm sido manifestadas como se fossem coisas de importância. Oxalá Deus ajude Seu povo a pensar racionalmente. Quando surgem questões sobre as quais estamos duvidosos, cumpre-nos perguntar: "Que dizem as Escrituras?" ME1 173 6 Busquem os que desejam alguma coisa nova aquela novidade de vida que provém do novo nascimento. Purifiquem sua alma pela obediência à verdade, e procedam em harmonia com as instruções de Cristo ao doutor da lei que indagou o que devia fazer para herdar a vida eterna. ME1 174 1 "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. ... Faze isso, e viverás." Lucas 10:27-28. Todos quantos puserem sua vida em conformidade com os claros reclamos da Palavra de Deus hão de herdar a vida eterna. -- Manuscrito 28, 1904. Assuntos difíceis de entender ME1 174 2 Há nesta obra, o perigo de pôr diante do povo teorias que, se bem que sejam em tudo verdade, suscitem debates, e não levem homens à grande ceia preparada para eles. Precisamos do amor de Deus no interior a fim de subjugar e abrandar nossa natureza humana e pôr-nos em conformidade com Seu santo caráter. Exporemos então perante o povo as inescrutáveis riquezas de Cristo em toda a sua abundância. O convite é feito pelo próprio Cristo, e é a obra de todos os Seus seguidores chamar a atenção à mesa de provisões que foi tornada acessível a todos. Não permitamos, pois, que assuntos difíceis de serem entendidos venham em primeiro lugar. Cristo chama os homens ao banquete, e todos quantos quiserem, venham. -- Carta 89, 1898. Os cento e quarenta e quatro mil ME1 174 3 Cristo diz que haverá na igreja pessoas que apresentarão fábulas e suposições, quando Deus deu verdades grandes, inspiradoras e de molde a enobrecer, as quais devem ser sempre conservadas no tesouro da memória. Quando os homens apanham esta e aquela teoria, quando são curiosos de saber alguma coisa que não lhes é necessário saber, Deus não os está conduzindo. Não é plano dEle que Seu povo apresente alguma coisa que eles supõem, a qual não é ensinada na Palavra de Deus. Não é Sua vontade que eles se metam em discussões acerca de questões que os não ajudam espiritualmente, tais como: Que pessoas vão constituir os cento e quarenta e quatro mil? Isto, aqueles que forem os eleitos de Deus hão de sem dúvida, saber em breve. ME1 174 4 Meus irmãos e irmãs, apreciai e estudai as verdades que Deus vos tem dado, a vós e a vossos filhos. Não gasteis o tempo buscando saber aquilo que não vos será de proveito espiritual. "Que farei para herdar a vida eterna?" Lucas 10:25. Esta é a todo-importante questão, e foi claramente respondida. "Que está escrito na lei? Como lês?" -- Manuscrito 26, 1901. Cristo pede unidade ME1 175 1 Nossos membros de igreja vêem que há diferenças de opinião entre os dirigentes, e eles próprios entram em polêmicas acerca de assuntos em controvérsia. Cristo pede unidade. Não pede, porém, que nos unifiquemos em práticas errôneas. O Deus do Céu traça frisante contraste entre a verdade pura, inspiradora, que enobrece, e doutrinas falsas, desorientadoras. Ele chama o pecado e a impenitência pelo verdadeiro nome. Não encobre o malfeito com uma capa de argamassa não temperada. Rogo a nossos irmãos que se unifiquem em um fundamento verdadeiro, escriturístico. -- Manuscrito 10, 1905. Nenhuma contenda pela supremacia ME1 175 2 Quando os obreiros tiverem a presença permanente de Cristo em sua alma, quando estiver morto todo o egoísmo, quando não houver nenhuma rivalidade, nenhuma contenda pela supremacia, quando existir unidade, quando eles se santificarem, de maneira que o amor de uns pelos outros seja visto e sentido, então os chuveiros da graça do Espírito Santo hão de vir tão seguramente sobre eles como é certo que a promessa de Deus não faltará nem num jota ou num til. Mas quando a obra de outros é diminuída para que os obreiros mostrem a própria superioridade, eles demonstram que sua obra não apresenta a assinatura que devia. Deus não os pode abençoar. -- Manuscrito 24, 1896. ------------------------Capítulo 22 -- O perigo de pontos de vista extremados ME1 176 0 Santa Helena, Califórnia, 19 de Maio de 1890. ME1 176 1 Prezado Irmão K: Eu esperava ver-vos e falar-vos, ou escrever-vos há mais tempo; não tenho, porém, podido fazer nem uma nem outra coisa, nem tão pouco me acho capaz agora; sinto, porém, profundo interesse pelo irmão, e estou desejosa de que não se afaste da obra. Não tenho força para fazer a devida apreciação em conversa convosco; vossa mente é demasiado rápida e a língua tão fluente, que temo, eu ficaria demasiado fatigada, e o que pudesse dizer não vos permaneceria distinto na mente. ME1 176 2 Vejo vosso perigo; podeis transformar prontamente vossos pensamentos em palavras. Apresentais as coisas em vívidos aspectos; e vossa linguagem não é contida. Vossos pontos de vista sobre alguns assuntos são expressos de tal maneira que fazeis com que os irmãos vos tenham temor. Não é necessário que seja assim. Não devíeis procurar ficar tão afastado de vossos irmãos quanto vos seja possível, dando a idéia de que não vedes do mesmo modo. ME1 176 3 Foi-me mostrado que vossa influência para o bem é grandemente diminuída por julgardes vosso dever exprimir vossas idéias sobre certos pontos que vós mesmos não compreendeis plenamente, e os quais, com todos os vossos esforços, não podeis fazer outros compreenderem. Foi-me mostrado que não era necessário achardes que deveis demorar nesses pontos. Algumas de vossas idéias são corretas, outras incorretas e errôneas. ME1 177 1 Se vos detivésseis em assuntos como a boa vontade de Cristo para perdoar pecados, receber o pecador, salvar o que está perdido, assuntos que inspiram esperança e coragem, seríeis uma bênção. Mas enquanto vos esforçardes por ser original e mantiverdes pontos de vista tão extremados, e usardes linguagem tão forte, há perigo de causardes muito dano. Alguns vos podem apreender o pensamento e parecer beneficiar-se, mas quando tentados e vencidos, perdem a coragem para combater o bom combate da fé. ME1 177 2 Se vos demorardes menos nessas idéias, que vos parecem tão importantes, e refreardes vossas expressões extravagantes, tereis, vós mesmos, mais fé. Vi que vosso espírito se achava por vezes desequilibrado pelo tentar com muito afinco estudar a fundo e explicar o mistério da piedade, que se conserva da mesma maneira um mistério tão grande depois de vosso estudo e explicação, como o era antes. Diferentes modalidades na conversão ME1 177 3 Conduzi o povo a olhar a Jesus como sua única esperança e ajudador; deixai-Lhe margem para operar na mente, falar à alma e impressionar o entendimento. Não vos é essencial saber e dizer a outros todos os porquês e os para quês quanto ao que constitui o novo coração, ou quanto à atitude que eles podem e precisam atingir de modo a nunca pecar. Não tendes tal obra a fazer. ME1 177 4 Não são todos constituídos da mesma maneira. Não são iguais todas as conversões. Jesus impressiona o coração, e o pecador nasce de novo para novidade de vida. Muitas almas têm sido atraídas a Cristo sem que houvesse nenhuma violenta convicção, dilacerar de coração, nenhum remorso aterrador. Olharam a um Salvador erguido, e viveram. Viram a necessidade da alma, viram a suficiência do Salvador e Seus reclamos, ouviram-Lhe a voz dizendo: "Segue-Me", e levantaram-se e seguiram-no. Esta conversão foi genuína, e a vida religiosa foi tão decidida como a de outros que sofreram todas as agonias de um processo violento. ME1 178 1 Nossos pastores precisam deixar de demorar-se em suas idéias peculiares com o sentimento: "Precisais ver este ponto como eu vejo, do contrário não vos podeis salvar." Afastai tal egoísmo. A grande obra a fazer em todo caso é ganhar almas para Cristo. Os homens precisam ver a Jesus na cruz, devem olhar e viver. Não é de vossas idéias que eles se devem alimentar, mas da carne e do sangue do Filho de Deus. Diz Ele: "Minha carne verdadeiramente é comida." João 6:55. "As palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. Dar oportunidade a Cristo para operar ME1 178 2 A alma que aceita a Jesus coloca-se sob o cuidado do grande Médico, e acautelem-se os homens da maneira por que se interpõem entre o doente e o Médico que discerne todas as necessidades da alma. Cristo, o médico da alma, compreende-lhes os defeitos e enfermidades, e sabe a maneira de curar a aquisição de Seu próprio sangue. Aquilo de que a alma necessita, Ele melhor que ninguém o pode suprir. Mas os homens são tão oficiosos, querem fazer tanto, que vão longe demais, não deixando a Cristo margem para operar. ME1 178 3 Sejam quais forem o moldar e afeiçoar necessários à alma, Cristo os pode fazer melhor. Talvez a convicção não seja profunda, mas se o pecador chegar a Cristo, vendo-O na cruz, o justo morrendo pelo injusto, essa visão derribará todas as barreiras. Cristo empreendeu a obra de salvar a todos quantos confiam nEle para a salvação. Vê as ofensas que precisam ser endireitadas, os males que precisam ser reprimidos. Veio buscar e salvar aquilo que se havia perdido. "O que vem a Mim", diz Ele, "de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. ME1 178 4 Mediante a bondade e a misericórdia de Cristo deve o pecador ser restaurado ao favor divino. Deus em Cristo está rogando diariamente aos homens que se reconciliem com Ele. De braços estendidos, está pronto a receber e dar as boas-vindas, não somente aos pecadores, mas aos pródigos. O amor por Ele manifestado mesmo quando moribundo, no Calvário, é a garantia do pecador quanto a sua aceitação, paz e amor. Ensinai estas coisas pela maneira mais simples, para que a alma obscurecida pelo pecado veja a luz brilhando da cruz do Calvário. ME1 179 1 Satanás está operando por muitas formas, para que os próprios homens que devem pregar a mensagem se ocupem com teorias finamente elaboradas que ele fará com que pareçam de magnitude e importância tais que ocupem de todo a mente; e se bem que eles pensem estar dando passos maravilhosos na experiência, estão idolatrando umas poucas idéias, e sua influência é prejudicada, e pouco afeta em prol do Senhor. ME1 179 2 Esforce-se todo pastor diligentemente para verificar o pensamento de Cristo. A não ser que vosso espírito fique mais equilibrado com relação a certas coisas, vosso procedimento vos há de separar da obra, e não sabereis em que tropeçais. Avançareis idéias que melhor vos seria nunca havê-las originado. ME1 179 3 Alguns há que apanham da Palavra de Deus e também dos Testemunhos parágrafos ou sentenças destacados que podem ser interpretados de maneira a se ajustarem a suas idéias, e nelas se detêm, e apóiam-se em suas próprias posições, quando Deus não os está dirigindo. Aí está o vosso perigo. ME1 179 4 Tomais passagens dos Testemunhos que falam do fim do tempo da graça, da sacudidura do povo de Deus, e falais da saída dentre esse povo de um outro povo mais puro, santo, que surgirá. Ora, tudo isso agrada ao inimigo. Não devemos adotar, desnecessariamente, um procedimento que origine divergências ou suscite dissensões. Não devemos dar a impressão de que se nossas idéias particulares não forem seguidas, é porque os pastores estão falhando na compreensão e na fé, e estão andando em trevas. ME1 179 5 Vossa mente tem estado em tensão fora do natural por longo tempo. Tendes muita verdade, verdade preciosa, mas misturada com suposições. Vossas idéias extremadas e a forte linguagem destroem muitas vezes o efeito de vossos melhores esforços. Aceitassem muitos os pontos de vista que avançais, e falassem e agissem baseados nisso, e veríamos uma das maiores exibições de fanatismo jamais testemunhadas entre os adventistas do sétimo dia. Isto é o que Satanás quer. Deixar em paz os mistérios ME1 180 1 Ora, há nas lições de Cristo abundância de assuntos sobre que podeis falar. E os mistérios que nem vós nem vossos ouvintes podeis compreender ou explicar, melhor seria deixar em paz. Dai ao próprio Senhor Jesus Cristo margem para ensinar; permiti que Ele, pela influência de Seu Espírito, abra ao entendimento o maravilhoso plano da salvação. ME1 180 2 Há um tempo de angústia a sobrevir ao povo de Deus, mas não devemos manter isto constantemente diante dele, e incitá-lo para ter um tempo de angústia antecipado. Haverá uma sacudidura entre o povo de Deus, mas isto não é a verdade presente a ser levada às igrejas. ... ME1 180 3 Os pastores não devem julgar que possuem algumas maravilhosas idéias avançadas, e que a menos que todos as recebam, serão lançados fora e surgirá um povo para ir avante e acima à vitória. Alguns dos que estão resistindo aos próprios princípios da mensagem que Deus mandou para este tempo, apresentam exatamente casos como vós. Apontam a vossos pontos de vista e ensinos extremados como desculpa à sua negligência em receber as mensagens do Senhor. ME1 180 4 O objetivo de Satanás é tão certamente conseguido quando homens correm adiante de Cristo e fazem a obra que Ele nunca lhes confiou, como quando permanecem no estado laodiceano, mornos, sentindo-se enriquecidos e aumentados em bens, não tendo necessidade de nada. Ambas as classes são igualmente pedras de tropeço. ME1 180 5 Alguns membros zelosos que miram a originalidade e estão empregando ao máximo toda energia para consegui-la, têm cometido erro grave em buscar conseguir algo de sensacional, maravilhoso, fascinante perante o povo, alguma coisa que julguem que os outros não compreendem; não sabem, porém, eles próprios, do que estão falando. Especulam com a Palavra de Deus, adiantando idéias que não constituem um mínimo de auxílio para eles mesmos ou as igrejas. Pelo momento, podem estimular a imaginação, mas há uma reação, e essas próprias idéias se tornam um obstáculo. A fé é confundida com a fantasia, e seus pontos de vista podem inclinar o espírito numa direção errônea. ME1 181 1 Sejam as positivas, simples declarações da Palavra de Deus alimento para o espírito; esta especulação acerca de idéias que não são claramente aí apresentadas, é coisa perigosa. ME1 181 2 Sois naturalmente combativo. Não vos importais se tendes harmonia com vossos irmãos, ou não tendes. Gostaríeis de entrar em debates, gostaríeis de combater por vossas idéias particulares; deveis, porém, deixar isto de lado, pois essas coisas não estão desenvolvendo as graças cristãs. Trabalhai com todas as forças para atender a oração de Cristo, para que seus discípulos sejam um assim como Ele é um com o Pai. ME1 181 3 Alma alguma dentre nós está em segurança a menos que aprendamos diariamente de Jesus, Sua mansidão, Sua humildade de coração. Quando fordes a qualquer lugar em trabalho, não sejais ditatorial, não sejais severo, nem antagônico. Pregai o amor de Cristo, e isto abrandará e vencerá corações. Buscai ser de um mesmo espírito e de um só parecer, chegando-vos mais a vossos irmãos em harmonia, e falando uma mesma coisa. Não falar de divisões ME1 181 4 Essas conversas acerca de divisões porque não têm todos as mesmas idéias que se apresentam à vossa mente, não é obra de Deus, mas do inimigo. Conversai sobre as verdades simples em torno das quais podeis concordar. Falai de unidade; não vos torneis estreitos e de espírito preconcebido; alargai vosso espírito. ME1 181 5 Cristo não pesa o caráter em balanças de juízo humano. Ele diz: "E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim." João 12:32. Toda alma que corresponde a essa atração se desviará da iniqüidade. Cristo é capaz de salvar perfeitamente todos quantos vão ter com Ele. Aquele que vai a Jesus está pondo o pé numa escada que alcança da Terra ao Céu. Ensinai isto pela pena, pela palavra -- que Deus Se encontra no topo da escada; os brilhantes raios de Sua glória estão iluminando cada degrau da escada. Ele contempla benignamente a todos os que estão penosamente subindo, a fim de mandar-lhes auxílio, auxílio divino, quando a mão parece afrouxar e vacilarem os pés. Sim, dizei-o, dizei-o em palavras que enterneçam o coração, para que ninguém que suba perseverantemente a escada deixe de entrar no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; os que crerem em Cristo nunca perecerão, nem ninguém os arrancará de Sua mão. ME1 182 1 Dizei ao povo em linguagem clara e cheia de esperança, como podem escapar à herança de vergonha -- nossa merecida porção. Por amor de Cristo, porém, não apresenteis perante eles idéias que os desanimem, que façam parecer demasiado difícil o caminho do Céu. Guardai todas essas excessivamente elaboradas idéias para vós mesmos. ME1 182 2 Conquanto precisemos muitas vezes impressionar o espírito com o fato de que a vida cristã é uma vida de lutas, de que precisamos vigiar e orar e labutar, de que há perigo para a alma em afrouxar a vigilância espiritual por um momento, o assunto deve ser a inteireza da salvação a nós oferecida por Jesus que nos ama e Se deu a Si mesmo para que não pereçamos mas tenhamos a vida eterna. ME1 182 3 Podemos andar dia a dia com Deus, dia a dia seguindo avante em conhecer o Senhor, entrando no santíssimo pelo sangue de Jesus, lançando mão da esperança que nos é proposta. Se havemos de alcançar o Céu, terá de ser ligando a alma ao Mediador, tornando-nos participantes da natureza divina. Descansando em Cristo, escondendo a vida com Cristo em Deus e sendo guiados por Seu Espírito, tereis a fé genuína. ME1 182 4 Crendo plenamente na eficácia de Seu sacrifício expiatório, seremos cooperadores de Deus. Confiando em Seus méritos, devemos operar nossa salvação com temor e tremor; pois é Deus que opera em nós tanto o querer como o efetuar segundo a Sua boa vontade. Conservando-nos sempre seguros a Cristo, estamos chegando mais e mais perto de Deus. Jesus deseja que conservemos isto sempre em destaque. Não desperteis vosso espírito combativo; a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos. ... Harmonizar-se com os irmãos ME1 182 5 Não penseis que deveis salientar toda idéia que vossa imaginação concebe. Disse Jesus a Seus discípulos: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." João 16:12. Quanto mais devemos nós, constantemente sujeitos a errar, acautelar-nos de recomendar insistentemente a outros aquilo que eles não estão preparados para receber. Olhando constantemente a Jesus, refreai vossas expressões fortes, extravagantes. Mas ao passo que vos deveis acautelar quanto a vossas palavras e idéias, não é necessário que vossos labores cessem inteiramente. Buscai estar em harmonia com vossos irmãos, e haverá abundância de serviço para vós na vinha do Senhor. Exaltai, porém, a Cristo, não às vossas idéias e pontos de vista. Revesti-vos da armadura, e mantende-vos passo a passo, ombro a ombro, com os obreiros de Deus; esforçai-vos na batalha contra o inimigo. Escondei-vos em Jesus. Demorai nas singelas lições de Cristo, alimentai o rebanho de Deus, e ficareis firme, estabelecido, fortalecido; trabalhareis para edificação de outros na santíssima fé. ME1 183 1 Se diferis de vossos irmãos quanto à compreensão da graça de Cristo e às maneiras de operar de Seu Espírito, não deveis tornar preeminentes essas diferenças. Vós vedes as coisas de um ângulo; outro, igualmente consagrado a Deus, olha o mesmo assunto sob aspecto diverso, e fala das coisas que fazem a mais profunda impressão em seu espírito; outro, vendo-o ainda de um outro ponto de vista, apresenta novo aspecto; e quão impensado é entrar em contenda por essas coisas, quando não há realmente nada sobre que contender! Que Deus opere no espírito e impressione o coração. ME1 183 2 O Senhor trabalha constantemente para abrir o entendimento, avivar as percepções, para que o homem tenha o devido senso do pecado e dos reclamos de vasto alcance da lei de Deus. O homem não convertido pensa em Deus como sendo duro, severo, e mesmo vingativo; Sua presença é julgada uma constante restrição, Seu caráter, uma expressão de "não farás". Seu serviço é considerado como sombrio e cheio de duras exigências. Quando, porém, Jesus é visto sobre a cruz, como o dom de Deus porque Ele amava os homens, abrem-se os olhos para ver as coisas sob novo aspecto. Deus, tal como Se revela em Cristo, não é um juiz severo, um tirano vingativo, mas Pai misericordioso e amante. ME1 183 3 Ao vermos Jesus morrendo sobre a cruz para salvar o homem perdido, o coração ecoa as palavras de João: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele." 1 João 3:1. Coisa alguma distingue mais decididamente o cristão do homem mundano do que sua estimativa de Deus. ME1 184 1 Alguns obreiros na causa de Deus têm sido muito prontos a lançar acusações contra os pecadores; a graça e o amor do Pai ao dar Seu Filho para morrer pela raça pecadora, têm sido deixados para trás. O pregador necessita da graça de Cristo em sua própria alma, a fim de fazer conhecer ao pecador o que é realmente Deus -- um Pai aguardando com anelante amor receber o pródigo de volta, não lhe atirando acusações com ira, mas preparando uma festa de alegria para dar-lhe as boas-vindas. Sofonias 3:14-17. ME1 184 2 Quem dera que pudéssemos, todos, aprender o modo do Senhor no ganhar almas para Cristo! Devemos aprender e ensinar as preciosas lições à luz que irradia do sacrifício feito na cruz do Calvário. Não há senão um caminho que afasta da ruína, e ascende continuamente, a fé que se estende sem cessar para além das trevas penetrando a luz, até repousar no trono de Deus. Todos quantos aprenderam esta lição aceitaram a luz que veio ao seu entendimento. Para eles esse caminho em ascensão não é uma passagem escura, incerta; não é o caminho de mentes finitas nem uma senda aberta por projeto humano, um caminho em que se exige taxa de todo viajante. ME1 184 3 Não podeis obter entrada por penitências nem quaisquer obras que possais fazer. Não, o próprio Deus tem a honra de prover o caminho, e este é tão completo, tão perfeito, que o homem não pode, por quaisquer obras que possa fazer, acrescentar-lhe a perfeição. É suficientemente amplo para receber o maior pecador, se se arrepende, e é tão estreito, tão santo, eleva-se tão alto, que o pecador ali não pode ter entrada. ME1 184 4 Quando Deus é visto tal como é, a bendita verdade resplandece com nova e mais brilhante luz. Aquilo que mantinha a mente em perplexidade é aclarado pelos brilhantes raios do Sol da Justiça. E ainda há muitas coisas que não compreenderemos; temos, porém, a bendita certeza de que o que não sabemos agora, havemos de saber no além. -- Carta 15a, 1890. ------------------------Capítulo 23 -- Cuidado com a marcação de datas "Não vos pertence saber os tempos ou as estações" ME1 185 1 "Aos quais também, depois de ter padecido, Se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando do que respeita ao reino de Deus. E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse Ele) de Mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Aqueles pois que se haviam reunido perguntaram-Lhe, dizendo: Senhor, restaurarás Tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder." Atos 1:3-7. ME1 185 2 Os discípulos estavam ansiosos por saber o tempo exato da revelação do reino de Deus; mas Jesus lhes diz que eles não podem saber os tempos e as estações; pois o Pai não os revelou. Compreender quando o reino de Deus devia ser restaurado, não era a coisa mais importante para eles saberem. Eles se deviam encontrar seguindo o Mestre, orando, esperando, vigiando e trabalhando. Deviam ser, perante o mundo, representantes do caráter de Cristo. O que era essencial para uma bem-sucedida experiência cristã nos dias dos discípulos, é essencial em nossos tempos. "E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós." E depois que o Espírito Santo viesse sobre eles, que deviam eles fazer? "E ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra." Atos 1:7-8. Aproveitar as oportunidades presentes ME1 186 1 Esta é a obra em que nós também nos devemos empenhar. Em vez de viver na expectativa de algum tempo especial de agitação, cumpre-nos aproveitar sabiamente as oportunidades presentes, fazendo o que deve ser feito para que almas sejam salvas. Em lugar de gastar as energias de nossa mente em especulações quanto aos tempos e às estações que o Senhor estabeleceu por Seu próprio poder, e reteve dos homens, devemos render-nos nós mesmos ao domínio do Espírito Santo, cumprir os deveres atuais, dar o pão da vida, não adulterado com opiniões humanas, a almas que estão perecendo pela verdade. ME1 186 2 Satanás está sempre pronto a encher a mente com teorias e cálculos que desviam homens da verdade presente, e inabilitam-nos para dar a mensagem do terceiro anjo ao mundo. Tem sido sempre assim; pois nosso Salvador tem muitas vezes tido de falar reprovadoramente aos que se entregavam a especulações e estavam sempre indagando em torno daquelas coisas que o Senhor não revelou. Jesus viera à Terra para comunicar importante verdade aos homens, e desejava impressionar-lhes a mente com a necessidade de receber e obedecer a Seus preceitos e instruções, de cumprir seu dever presente, e Suas comunicações eram de natureza que transmitiam conhecimento para seu uso imediato e diário. ME1 186 3 Jesus disse: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Tudo quanto foi feito e dito tinha em vista este objetivo único -- fixar bem a verdade na mente, para que pudessem atingir a vida eterna. Jesus não veio assombrar os homens com alguns grandes pronunciamentos de um tempo especial em que havia de ocorrer algum grande acontecimento, mas veio instruir e salvar os perdidos. Não veio despertar e satisfazer curiosidade; pois sabia que isto não faria senão aumentar o desejo por coisas curiosas e maravilhosas. Era Seu objetivo comunicar conhecimento pelo qual os homens pudessem crescer em força espiritual, e progredir no caminho da obediência e verdadeira santidade. Deu apenas instruções que fossem apropriadas às necessidades de sua vida diária, apenas verdades que pudessem ser dadas a outros para a mesma aplicação. ME1 187 1 Ele não fez novas revelações aos homens, mas abriu-lhes ao entendimento verdades que há muito haviam estado obscurecidas ou mal colocadas mediante o falso ensino dos sacerdotes e doutores. Jesus recolocou as gemas da verdade divina em seu próprio engaste, na ordem em que haviam sido dadas aos patriarcas e profetas. E depois de haver-lhes dado esta preciosa instrução, prometeu dar-lhes o Espírito Santo pelo qual tudo quanto lhes havia dito seria novamente trazido a sua lembrança. ME1 187 2 Achamo-nos em contínuo perigo de sobrepor-nos à simplicidade do evangelho. Há intenso desejo da parte de muitos de surpreender o mundo com algo de original, que erga o povo a um estado de êxtase espiritual, e mude a presente ordem de conhecimento pessoal. Há certamente grande necessidade de uma mudança na ordem atual de conhecimento; pois a santidade da verdade presente não é estimada como devia ser; mas a mudança de que necessitamos é uma transformação do coração, e só pode ser obtida buscando individualmente a Deus em procura de Sua bênção, pleiteando com Ele por Seu poder, orando fervorosamente para que Sua graça venha sobre nós, e para que nosso caráter seja transformado. Esta é a mudança de que hoje necessitamos, e pela realização dessa experiência cumpre-nos exercer perseverante energia e manifestar sincera diligência. Devemos perguntar com genuína sinceridade: "Que farei para me salvar?" Devemos saber exatamente que passos estamos dando em direção ao Céu. Advertido com relação a marcar tempo ME1 188 1 Cristo comunicou a Seus discípulos verdades cuja amplitude e profundidade e valor eles mal apreciavam, ou mesmo compreendiam, e as mesmas condições existem entre o povo de Deus atualmente. Também nós deixamos de apreender a grandeza, perceber a beleza da verdade que Deus nos confiou hoje. Progredíssemos nós em conhecimento espiritual, e veríamos a verdade se desenvolvendo e expandindo em sentidos com que mal temos sonhado, porém ela jamais se desenvolverá em quaisquer direções que nos levem a imaginar que podemos saber os tempos e as estações que o Pai estabeleceu por Seu próprio poder. Tenho sido repetidamente advertida com referência a marcar tempo. Nunca mais haverá para o povo de Deus uma mensagem baseada em tempo. Não devemos saber o tempo definido nem para o derramamento do Espírito Santo nem para a vinda de Cristo. ME1 188 2 Estive procurando entre meus escritos, antes de vir a esta reunião, a ver o que devia trazer comigo para a Austrália, e achei um envelope em que estava escrito: "Testemunho dado quanto a marcar tempo, 21 de Junho de 1851. Guarde cuidadosamente." Abri-o, e eis o que achei: ME1 188 3 "Cópia de uma visão que o Senhor deu à irmã White em 21 de Junho de 1851, em Camden, Nova Iorque. O Senhor mostrou-me que a mensagem deve ir, e que não deve depender de tempo; pois o tempo não será nunca mais uma prova. Vi que alguns estavam ficando com uma falsa agitação, nascida de pregar-se o tempo; vi que a terceira mensagem angélica pode subsistir sobre seu próprio fundamento, e que não precisa nenhum tempo para fortalecê-la, e que ela irá com forte poder, e fará sua obra e será abreviada em justiça. ME1 188 4 "Vi que alguns estavam fazendo tudo depender do próximo outono; isto é, fazendo seus cálculos, e dispondo de suas propriedades com referência a esse tempo. Vi que isto era errado por esta razão: em lugar de irem diariamente a Deus, desejando fervorosamente saber seu dever presente, eles olhavam adiante, e faziam seus cálculos como se soubessem que a obra findaria este outono, sem indagar de Deus, diariamente, o seu dever. E. G. White, copiado em Milton, a 29 de Junho de 1851, A. A. G." ME1 189 1 Este foi o documento com que deparei na última segunda-feira, ao procurar entre meus escritos, e aqui está outro que foi escrito com relação a um homem que estava marcando tempo em 1884, e espalhando largamente seus argumentos para provar suas teorias. Foi-me trazida em Jackson [Michigan], na reunião campal, a notícia do que ele estava fazendo, e eu disse ao povo que não necessitavam dar atenção à teoria desse homem; pois o acontecimento que ele predizia não havia de ocorrer. Os tempos e estações, Deus estabeleceu por Seu próprio poder. E por que não nos deu Deus esse conhecimento? -- Porque não faríamos dele o devido uso, caso Ele assim fizesse. Desse conhecimento viria em resultado um estado de coisas entre nosso povo, que retardaria grandemente a obra de Deus no preparar um povo para subsistir naquele grande dia que há de vir. Não devemos viver em agitação acerca de tempo. Não nos devemos absorver com especulações relativamente aos tempos e às estações que Deus não revelou. Jesus disse a Seus discípulos "vigiai", mas não para um tempo definido. Seus seguidores devem encontrar-se na posição dos que estão à escuta das ordens de seu Comandante; devem vigiar, esperar, orar, e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do Senhor; ninguém, no entanto, será capaz de predizer exatamente quando virá aquele tempo; pois "daquele dia e hora ninguém sabe". Não sereis capazes de dizer que Ele virá dentro de um, dois, ou cinco anos, nem deveis retardar Sua vinda, declarando que não será por dez, ou vinte anos. Ter as lâmpadas limpas e acesas ME1 189 2 É o dever do povo de Deus ter suas lâmpadas limpas e acesas, ser como pessoas que aguardam o Esposo, quando Ele voltar das bodas. Não tendes um momento a perder em negligência da grande salvação que foi providenciada para vós. O tempo de graça das almas está chegando ao termo. De dia para dia está o destino dos homens sendo selado, e mesmo desta congregação não sabemos quão cedo muitos fecharão os olhos na morte e serão preparados para a sepultura. Devemos considerar que nossa vida está passando celeremente, que não estamos um momento a salvo a menos que nossa vida esteja escondida com Cristo em Deus. Nosso dever é não estarmos olhando adiante, a um tempo especial para alguma obra especial a ser feita a nosso favor, mas ir avante em nossa obra de advertir o mundo; pois devemos ser testemunhas de Cristo até aos confins do mundo. ME1 190 1 Em todo o nosso redor encontram-se os jovens, os impenitentes, os não convertidos, e que estamos nós fazendo por eles? Pais, no ardor de vosso primeiro amor, estais vós buscando a conversão de vossos filhos, ou vos achais embebidos com coisas desta vida a tal ponto que não façais diligentes esforços para ser cooperadores de Deus? Tendes vós apreciação da obra e missão do Espírito Santo? Compreendeis que o Espírito Santo é o instrumento pelo qual devemos chegar às almas dos que nos rodeiam? Ao terminar esta reunião, saireis daqui e esquecereis os veementes apelos que vos foram dirigidos? Serão as mensagens de advertência desatendidas, e a verdade que ouvistes se escoará de vosso coração como a água vaza de um recipiente partido? ME1 190 2 Diz o apóstolo: "Portanto convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por Sua vontade?" Hebreus 2:1-4. ME1 190 3 A mensagem do terceiro anjo está-se avolumando num alto clamor, e não deveis sentir-vos na liberdade de negligenciar o dever presente, e ainda entreter a idéia de que em algum tempo futuro sereis recipientes de grande bênção, quando, sem nenhum esforço de vossa parte tiver lugar maravilhoso reavivamento. Hoje deveis entregar-vos a Deus, para que Ele vos torne vasos para honra, e aptos para Seu serviço. Hoje deveis entregar-vos a Deus para que sejais esvaziados do próprio eu, esvaziados de inveja, ciúmes, ruins suspeitas, pelejas, tudo quanto seja desonroso para Ele. Hoje deveis ter purificado vosso vaso a fim de estar prontos para o orvalho celeste, prontos para os aguaceiros da chuva serôdia; pois a chuva serôdia virá, e a bênção de Deus encherá toda alma que estiver purificada de toda contaminação. É nossa obra hoje entregar nossa alma a Cristo, para estarmos preparados para o tempo de refrigério pela presença do Senhor -- preparados para o batismo do Espírito Santo. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1892. O tempo não é revelado ME1 191 1 Deus não nos revelou o tempo em que esta mensagem será concluída, ou quando terá fim o tempo de graça. As coisas reveladas aceitaremos para nós e nossos filhos; não busquemos, porém, saber aquilo que foi mantido em segredo nos concílios do Todo-poderoso. É nosso dever vigiar e trabalhar e esperar, trabalhar a todo momento pelas almas dos homens prestes a perecer. Devemos andar continuamente nas pegadas de Jesus, operando segundo Ele, dispensando Seus dons como bons mordomos da multiforme graça de Deus. Satanás estará pronto a dar a todo aquele que não esteja diariamente aprendendo de Jesus, uma mensagem especial de sua própria criação, a fim de neutralizar o efeito da maravilhosa verdade para este tempo. ME1 191 2 Têm-me chegado cartas perguntando se tenho qualquer esclarecimento especial quanto ao tempo da terminação do tempo de graça; e respondo que tenho apenas esta mensagem a dar; que agora é tempo de trabalhar, enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Agora, justamente agora, é tempo de estarmos vigiando, trabalhando e esperando. A Palavra do Senhor revela que o fim de todas as coisas está às portas, e seu testemunho é muito decidido quanto a ser necessário a toda alma ter a verdade de tal modo implantada no coração, que ela reja a vida e santifique o caráter. O Espírito do Senhor está operando para tirar a verdade da Palavra inspirada e imprimi-la na alma de maneira que os professos seguidores de Cristo possuam uma alegria santa, sagrada, que sejam aptos a comunicar a outros. O tempo oportuno para trabalharmos é agora, justamente agora, enquanto é dia. Não há, porém, nenhum mandamento para ninguém pesquisar as Escrituras a fim de verificar, se possível, quando terminará o tempo da graça. Deus não tem tal mensagem para quaisquer lábios mortais. Ele não quer que nenhuma língua mortal declare aquilo que Ele ocultou em Seus secretos concílios. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1894. Vigiar e orar ME1 192 1 Não tenho nenhum tempo específico de que falar, no qual tenha lugar o derramamento do Espírito Santo -- quando o poderoso anjo descer do Céu, e se unir com o terceiro anjo na conclusão da obra para este mundo; minha mensagem é que nossa única segurança é estarmos prontos para o refrigério celeste, tendo nossas lâmpadas preparadas e ardendo. Cristo nos disse que vigiássemos; "porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis". "Vigiai e orai" é a recomendação a nós dada por nosso Redentor. Dia a dia devemos buscar a iluminação do Espírito de Deus, para que faça Sua obra na alma e no caráter. Oh! quanto tempo tem sido desperdiçado em dar atenção a coisas frívolas! Arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados quando vierem os tempos do refrigério pela presença do Senhor. -- The Review and Herald, 29 de Março de 1892. ------------------------Capítulo 24 -- O alfa e o ômega Ensinar a palavra ME1 193 1 Washington, DC., 24 de Julho de 1904. ME1 193 2 A Nossos Dirigentes Médicos: Prezados Coobreiros: Fui acordada às vinte e três horas. As apresentações que passam diante de mim são tão vívidas que não posso dormir. Veio a mim a palavra do Senhor dizendo que há decidida obra a ser feita em advertir nossos missionários médicos contra os perigos que os rodeiam. ME1 194 1 O Senhor chama aqueles que se acham ligados a nossos hospitais a alcançar mais elevada norma. Nenhuma mentira é da verdade. Caso sigamos fábulas artificialmente compostas, unimo-nos com as forças do inimigo contra Deus e Cristo. Deus pede a aqueles que têm estado a usar um jugo de feitura humana a quebrarem esse jugo, e não mais serem servos de homens. ME1 194 2 A batalha está em andamento. Satanás e seus anjos estão trabalhando com todo o engano da injustiça. São incansáveis em seus esforços para desviar almas da verdade, da justiça, para espalhar a ruína pelo Universo. Eles operam com admirável atividade para prover multidão de enganos no sentido de levarem as almas em cativeiro. Incessantes são os seus esforços. O inimigo está sempre buscando levar almas à infidelidade e ao ceticismo. Quereria pôr de parte a Deus e a Cristo, que foi feito carne e habitou entre nós para ensinar-nos que, em obediência à vontade de Deus, podemos ser vitoriosos sobre o pecado. Assaltados por toda forma de mal ME1 194 3 Toda forma de mal está à espreita de uma oportunidade para nos assaltar. Lisonja, subornos, incentivos, promessas de maravilhosa exaltação, serão muito assiduamente empregados. ME1 194 4 Que estão fazendo os servos de Deus para erguer a barreira de um "Assim diz o Senhor" contra este mal? Os instrumentos do inimigo estão trabalhando sem trégua para prevalecer contra a verdade. Onde se encontram os fiéis guardas do rebanho do Senhor? Onde estão Seus vigias? Acham-se eles na elevada torre, dando o sinal de perigo, ou estão permitindo que o perigo passe desapercebido? Onde se acham os médicos missionários? São eles coobreiros de Cristo, usando Seu jugo, ou levando um jugo de feitura humana? Satanás e seus anjos estão fazendo todo esforço para conseguir o domínio da mente, para que os homens sejam manejados por mentiras e fábulas aprazíveis. Estão nossos médicos erguendo o sinal de perigo? Estão os homens que foram colocados em posições preeminentes em nossas casas de saúde alçando o sinal de perigo? Ou estão muitos dos vigias dormindo, enquanto línguas daninhas e mentes aguçadas, afiadas por longa prática em desviar-se da verdade, estão em contínua atividade para introduzir confusão, e a executar planos a que são instigados pelo inimigo? ME1 195 1 Tende a bondade de ler a exortação de Paulo aos colossenses. Ele fala de seu veemente desejo de que os corações dos crentes sejam "unidos em amor e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus -- do Pai, e de Cristo; em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". Colossences 2:2-3. "E digo isto", declara ele, "para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e edificados nEle e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças. Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade." Colossences 2:4, 6-9. ME1 195 2 Silenciarão os homens de nossas instituições, permitindo que sejam propagados perigosos erros para ruína de almas? Os sentimentos do inimigo estão sendo disseminados por toda parte. Sementes de discórdia, de infidelidade, estão sendo amplamente semeadas. Hão de nossos missionários médicos deixar de opor barreiras contra este mal? Não é tempo de nos perguntarmos a nós mesmos: Havemos de permitir ao inimigo levar-nos a abandonar a obra de proclamar a verdade? Consentiremos que ele nos impeça de ser veículos pelos quais as bênçãos do evangelho, qual corrente de vida, fluam para o mundo? Levante-se agora todo homem, e trabalhe segundo tenha oportunidade. Fale ele a tempo e fora de tempo, e olhe a Cristo em busca de encorajamento e forças para fazer o bem. Perigos em contínuo aumento ME1 195 3 Os perigos que nos sobrevêm estão em constante acréscimo. É mais que tempo de nos revestirmos de toda a armadura de Deus, e trabalharmos diligentemente para impedir Satanás de obter qualquer vantagem a mais. Anjos de Deus, magníficos em poder, estão à espera de que os chamemos em nosso socorro, para que nossa fé não seja eclipsada pela violência do conflito. É necessária agora renovada energia. Requer-se vigilante ação. Indiferença e descuido redundarão em perda da religião individual e do Céu. ME1 196 1 A este tempo deve ser dada a mensagem de Laodicéia, para despertar uma igreja letárgica. Que o pensamento da brevidade do tempo vos estimule o diligente e incansável esforço. Lembrai-vos de que Satanás desceu com grande poder, para operar com todo engano da injustiça naqueles que perecem. ME1 196 2 Por anos nossos médicos têm sido educados a pensar que não devem exprimir sentimentos em divergência dos de seu chefe. Oxalá houvessem eles quebrado o jugo! Oxalá houvessem chamado o pecado por seu verdadeiro nome! Não seriam então considerados nas cortes celestes como homens que, se bem que ocupando lugares de importantes responsabilidades, deixaram de dizer a verdade em reprovação daquilo que tem sido desobediência à Palavra de Deus. ME1 196 3 Médicos, tendes vós estado a fazer a obra do Mestre escutando fantasiosas interpretações espiritualistas das Escrituras, interpretações que minam os fundamentos de nossa fé, e ficando quietos? Diz Deus: "Nem Eu estarei mais convosco, a menos que desperteis, e reivindiqueis vosso Redentor." Sofismas que solapam as colunas ME1 196 4 Eis minha mensagem para vós: Não mais consintais em escutar sem protesto a perversão da verdade. Desmascarai os pretensiosos sofismas que, uma vez recebidos, levarão pastores e médicos e obreiros missionários médicos a passar por alto a verdade. Cada um tem de estar agora em guarda. Deus chama homens e mulheres a tomarem posição sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel. Fui instruída a advertir nosso povo; pois muitos se encontram em perigo de receber teorias e sofismas que solapam as colunas fundamentais da fé. ME1 197 1 Por vezes nossos médicos conversam por horas, quando fatigados e perplexos, e não se acham em apropriada condição para conversar. Os missionários médicos devem recusar-se a manter longos períodos noturnos de conversação. Essas palestras noturnas têm sido ocasiões em que Satanás, com sua influência sedutora, tem roubado a um e a outro a fé uma vez entregue aos santos. Idéias brilhantes, cintilantes, muitas vezes relampejam de uma mente que se acha influenciada pelo grande enganador. Os que escutam e aquiescem ficarão encantados, como ficou Eva pelas palavras da serpente. Eles não podem dar ouvidos a encantadoras especulações filosóficas, e conservar ao mesmo tempo clara na mente a palavra do Deus vivo. ME1 197 2 Nossos médicos têm perdido muito do benefício de sua vida porque têm visto injustas transações e ouvido palavras injustas, e visto seguirem-se errôneos princípios, e não falaram em reprovação, por temor de serem repelidos. ME1 197 3 Peço aos que têm estado em ligação com essas tolhedoras influências que quebrem o jugo a que se têm longamente submetido, e ergam-se como homens livres em Cristo. Coisa alguma senão um esforço resoluto romperá o fascínio que sobre eles está. O alfa agora visto ME1 197 4 Não vos enganeis; muitos se afastarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Temos agora perante nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais assustadora. ME1 197 5 Necessitamos estudar as palavras que Cristo proferiu na oração que fez imediatamente antes de Seu julgamento e crucifixão. "Jesus falou assim, e, levantando Seus olhos ao Céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a Teu Filho, para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti; assim como Lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos Lhe deste. E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer. E agora glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me deste; eram Teus, e Tu Mos deste, e guardaram a Tua palavra." João 17:1-6. Cristãos devem manifestar piedade ME1 198 1 Absoluta é a justiça de Deus. Esta justiça caracteriza todas as Suas obras, Suas leis todas. Assim como é Deus, Seu povo tem de ser. A vida de Cristo deve revelar-se na vida de Seus seguidores. Em todos os Seus atos públicos e privados, em toda palavra e ato, via-se piedade prática, e esta piedade se deve mostrar na vida de Seus discípulos. ME1 198 2 Os que atendem à luz a eles dada produzirão as virtudes do caráter de Cristo na vida diária. Cristo não pecou, porque nEle não havia pecado. Deus me mostrou que a vida dos crentes deve revelar justiça prática. ME1 198 3 Não falou Deus em Sua Palavra acerca dos solenes acontecimentos que hão de em breve ocorrer? Credes, ao ler estas coisas, naquilo que Ele diz? Ou tendes vós, por dar ouvidos a especiosas filosofias, abandonado vossa fé em Deus? Poderá qualquer força desviar o castigo que vos terá de sobrevir a menos que humilheis vosso coração perante Deus e confesseis os vossos pecados? Como é, meus irmãos da obra missionária médica? Não vos fala o Deus vivo, de Sua Palavra, quanto aos acontecimentos que estão tendo lugar em cumprimento dessa Palavra? Não tardará a realizar-se o grande ajuste de contas com o homem. Tem acaso sido vossa vida tal que possais então ser pesados nas balanças do santuário, sem ser achados em falta? Ou tem sido vossa fé moldada e restringida até que se tenha tornado incredulidade? Tornou-se vossa obediência aos homens rebelião contra Deus? "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos." 2 Coríntios 13:5. -- Special Testimonies, Série B 2:12-17. "Acautelai-vos" ME1 199 0 Washington, D.C., 7 de Agosto de 1904. ME1 199 1 Meu Prezado Irmão: Foi-me dada uma mensagem para vos transmitir a vós, e ao resto de nossos médicos ligados com a Associação Missionário-Médica. Apartai-vos da influência exercida pelo livro Living Temple; pois ele encerra ensinamentos especiosos. Há nele opiniões inteiramente verdadeiras, mas estas se acham mescladas de erro. Os textos são tirados de seu contexto, e usados para sustentar teorias errôneas. ME1 199 2 A idéia dos erros contidos nesse livro tem-me causado grande aflição, e a experiência por que tenho passado em relação com esse assunto quase me custou a vida. ME1 199 3 Dir-se-á que o Living Temple foi revisado. O Senhor mostrou-me, porém, que o autor não mudou, e que não pode haver unidade entre ele e os ministros do evangelho enquanto ele continuar a nutrir seus sentimentos atuais. Sou solicitada a erguer a voz em advertência a nosso povo, dizendo: "Não erreis; Deus não Se deixa escarnecer." Gálatas 6:7. ME1 199 4 Tendes tido acesso aos Testemunhos para a Igreja, volumes 7 e 8. Neles é erguido o sinal de perigo. Mas a luz tão clara e simples para os espíritos que não foram influenciados por teorias enganosas, não tem sido discernida por alguns. Enquanto as teorias extraviadoras desse livro forem entretidas por nossos médicos, não pode haver união entre eles e os pastores que estão levando a mensagem evangélica. Não deve haver união enquanto não houver mudança. ME1 199 5 Quando os missionários médicos fizerem sua prática e seu exemplo se harmonizarem com o nome que levam, quando sentirem a necessidade de se unirem firmemente com os ministros do evangelho, então poderá haver ação harmônica. Precisamos, porém, recusar firmemente ser afastados da plataforma da verdade eterna que desde 1844 tem resistido à prova. Alfa apresentado no "Living Temple" ME1 200 1 Estou instruída a falar claramente. "Enfrentai-o" é a palavra que me é dirigida. "Enfrentai-o firmemente, e sem tardança." Mas não deve ser enfrentado retirando nossas forças operantes do campo a fim de examinar doutrinas e pontos de divergência. Não temos tal investigação a fazer. No livro Living Temple acha-se apresentado o alfa de heresias letais. Seguir-se-á o ômega, e será recebido por aqueles que não estiverem dispostos a atender à advertência dada por Deus. ME1 200 2 Nossos médicos, sobre quem repousam importantes responsabilidades, devem ter claro discernimento espiritual. Cumpre-lhes estar constantemente em guarda. Perigos por nós não discernidos agora hão de romper em breve sobre nós, e desejo grandemente que eles não sejam enganados. Experimento intenso anseio de vê-los livres no Senhor. Oro para que eles tenham coragem de permanecer firmes ao lado da verdade tal como é em Jesus, conservando inabalável o princípio de sua confiança até ao fim. -- Special Testimonies, Série B 2:49-50. ------------------------Capítulo 25 -- Os alicerces de nossa fé ME1 201 0 [Este artigo apareceu em Special Testimonies, Série B 2:51-59, publicado em 1904.] ME1 201 1 O Senhor proporcionará à Sua obra força nova e vital, ao obedecerem os instrumentos humanos à ordem de sair a proclamar a verdade. Aquele que declarou que Sua verdade resplandeceria para sempre, proclamará essa verdade por meio de mensageiros fiéis, que darão à trombeta sonido certo. A verdade será criticada, escarnecida e ridicularizada; mas quanto mais de perto for examinada e testada, mais resplandecerá. ME1 201 2 Como um povo, devemos estar firmes sobre a plataforma da verdade eterna, que resistiu a todas as provas. Devemos ater-nos aos seguros pilares de nossa fé. Os princípios da verdade que Deus nos revelou, são nossos únicos, fiéis alicerces. Eles é que fizeram de nós o que somos. O correr do tempo não lhes diminuiu o valor. É constante esforço do inimigo remover essas verdades de seu engaste, colocando em seu lugar teorias espúrias. Ele introduzirá tudo que lhe seja possível, para levar a cabo seus desígnios enganadores. O Senhor, porém, suscitará homens de aguda percepção, que darão a essas verdades seu devido lugar no plano de Deus. ME1 201 3 Fui pelo mensageiro celeste instruída de que parte do raciocínio no livro Living Temple não é sadio, e que tal raciocínio desencaminhará o espírito dos que não estão completamente firmados nos princípios fundamentais da verdade presente. Ele introduz aquilo que não passa de especulação acerca da personalidade de Deus e do lugar de Sua presença. Ninguém na Terra tem o direito de especular quanto a esta questão. Quanto mais se discutirem teorias fantasiosas, tanto menos os homens saberão de Deus e da verdade que santifica a alma. ME1 202 1 Um após outro têm vindo ter comigo, pedindo-me que explicasse as atitudes assumidas em Living Temple. Respondo: "Elas não são explicáveis." Os sentimentos expressos não comunicam o verdadeiro conhecimento de Deus. Através de todo o livro citam-se passagens da Escritura. Essas passagens são apresentadas de modo a fazerem o erro parecer verdade. Teorias errôneas são apresentadas de maneira tão aprazível que, a menos que tomem cuidado, muitos se desviarão. ME1 202 2 Não precisamos do misticismo que há nesse livro. Os que entretêm esses sofismas logo se encontrarão numa posição em que o inimigo poderá falar com eles, afastando-os de Deus. É-me mostrado que o autor desse livro está em trilho falso. Perdeu ele de vista as verdades distintivas para este tempo. Não sabe para onde tendem os seus passos. A vereda da verdade acha-se muito perto da vereda do erro, e ambas as veredas podem parecer uma só, às mentes não dirigidas pelo Espírito Santo, e que, portanto, não são ligeiras em discernir a diferença entre a verdade e o erro. Visão do perigo que se aproxima ME1 202 3 Mais ou menos pelo tempo em que foi publicado Living Temple, passaram ante mim, na calada da noite, representações que indicavam estar-se aproximando algum perigo, e que eu devia para isso me preparar, escrevendo as coisas que Deus me revelara, acerca dos princípios fundamentais de nossa fé. Foi-me enviado um exemplar de Living Temple, mas ficou intocado em minha biblioteca. Segundo a luz que me foi dada pelo Senhor, eu sabia que alguns dos sentimentos defendidos no livro não traziam o endosso de Deus, e que eram uma cilada preparada pelo inimigo, para os últimos dias. Pensei que tal por certo seria percebido, e que não seria preciso que eu sobre isso dissesse o que quer que fosse. ME1 203 1 Na controvérsia que surgiu entre nossos irmãos acerca dos ensinamentos desse livro, os que estavam a favor de lhe dar ampla divulgação diziam: "Encerra exatamente os pensamentos que a irmã White tem ensinado." Essa afirmativa feriu-me diretamente o coração. Senti-me acabrunhada, pois sabia que essa apresentação do caso não era verdadeira. ME1 203 2 Afinal disse-me meu filho: "Mamãe, a senhora deve ler pelo menos alguns trechos do livro, para ver se estão em harmonia com a luz que o Senhor lhe deu." Assentou-se ao meu lado, e juntos lemos o prefácio, e a maior parte do primeiro capítulo, bem como alguns parágrafos de outros capítulos. Ao lermos, reconheci as próprias opiniões contra as quais me fora ordenado advertir, no princípio de meus trabalhos públicos. Quando pela primeira vez deixei o Estado do Maine, fi-lo com intenção de percorrer Vermont e Massachusetts, a fim de dar testemunho contra essas opiniões. Living Temple encerra o alfa dessas teorias. Eu sabia que o ômega seguiria dentro de pouco tempo; e tremi pelo nosso povo. Sabia eu que devia advertir nossos irmãos e irmãs a que não entrassem em controvérsia em relação à presença e personalidade de Deus. As afirmações feitas em Living Temple acerca deste ponto são incorretas. São mal aplicadas as passagens usadas em apoio da doutrina ali exposta. ME1 203 3 Sou compelida a falar negando a pretensão de que os ensinamentos de Living Temple possam ser apoiados por declarações de meus escritos. Pode haver nesse livro expressões e opiniões que estejam em harmonia com os meus escritos. E pode haver em meus escritos muitas afirmações que, tiradas do contexto, e interpretadas de acordo com o pensamento do autor de Living Temple, dir-se-iam de acordo com os ensinamentos desse livro. Isso pode dar aparente apoio à afirmação de que as idéias de Living Temple estejam em harmonia com meus escritos. Deus não permita, porém, que prevaleça esta impressão. ME1 203 4 Poucos discernem o resultado de sustentarem os sofismas defendidos por alguns, atualmente. O Senhor, porém, correu a cortina mostrando-me o resultado que se seguiria. As teorias espiritualistas acerca da personalidade de Deus, levadas a sua conclusão lógica, derribam toda a ordem cristã. Estimam como nada a luz que Cristo veio do Céu para dar a João, a fim de que ele a transmitisse ao Seu povo. Ensinam que as cenas que estão justamente à nossa frente não são de importância suficiente para que se lhes dê atenção especial. Tornam de nenhum efeito a verdade de origem celestial e roubam ao povo de Deus sua experiência passada, oferecendo-lhes, em lugar, uma ciência falsa. ME1 204 1 Em visão da noite foi-me mostrado distintamente que essas opiniões foram por alguns consideradas grandes verdades, que devessem ser introduzidas, dando-se-lhes preeminência na atualidade. Foi-me mostrada uma plataforma, firmada por sólidas vigas de madeira -- as verdades da Palavra de Deus. Alguém, de alta responsabilidade na obra médica, mandava que este homem, e aquele outro, desprendessem as vigas que suportavam a plataforma. Ouvi então uma voz que dizia: "Onde estão os vigias que deveriam estar sobre os muros de Sião? Estão dormindo? Esta base foi lançada pelo Obreiro-Mestre, e suportará vendavais e tempestades. Permitirão que este homem apresente doutrinas que neguem a passada experiência do povo de Deus? É chegado o tempo de ação decidida." ME1 204 2 O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização. Se tal reforma se efetuasse, qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em Sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada. Os princípios fundamentais que têm sustido a obra neste últimos cinqüenta anos, seriam tidos na conta de erros. Estabelecer-se-ia uma nova organização. Escrever-se-iam livros de ordem diferente. Introduzir-se-ia um sistema de filosofia intelectual. Os fundadores deste sistema iriam às cidades, realizando uma obra maravilhosa. O sábado seria, naturalmente, menosprezado, como também o Deus que o criou. Coisa alguma se permitiria opor-se ao novo movimento. Ensinariam os líderes ser a virtude melhor do que o vício, mas, removido Deus, colocariam sua confiança no poder humano, o qual, sem Deus, nada vale. Seus alicerces se fundariam na areia, e os vendavais e tempestades derribariam a estrutura. ME1 205 1 Quem tem autoridade para iniciar semelhante movimento? Possuímos a Bíblia. Temos nossa experiência, com o atestado da milagrosa operação do Espírito Santo. Temos uma verdade que não admite contemporização alguma. Não devemos repudiar tudo que não esteja em harmonia com esta verdade? ME1 205 2 Hesitei quanto ao envio daquilo que o Espírito do Senhor me impeliu a escrever, e retardei a remessa. Eu não queria ser compelida a apresentar a influência desencaminhadora desses sofismas. Mas na providência de Deus, os erros que se têm insinuado têm de ser combatidos. Um iceberg! "Enfrentai-o!" ME1 205 3 Pouco tempo depois de enviar os testemunhos acerca dos esforços do inimigo para solapar os alicerces de nossa fé mediante a disseminação de teorias sedutoras, lera eu um incidente acerca de um navio envolto em cerração, tendo à frente um iceberg. Por várias noites pouco dormi. Tinha a impressão de estar arcando sob um fardo, como um carro carregado de molhos. Uma noite foi-me apresentada claramente uma cena. Achava-se sobre as águas um navio, envolto em densa cerração. Súbito o vigia bradou: "Iceberg à frente!" Ali, elevando-se muito mais alto que o navio, estava um gigantesco iceberg. Uma voz autorizada exclamou: "Enfrentai-o!" Não houve um momento de hesitação. Urgia ação rápida. O maquinista pôs todo o vapor, e o timoneiro dirigiu o navio diretamente para cima do iceberg. Com um estrondo o navio deu contra o gelo. Houve tremendo choque e o iceberg se desfez em muitos pedaços, despencando sobre o convés, com um ruído de trovão. Os passageiros foram sacudidos violentamente pela força da colisão, nenhuma vida se perdeu. O navio sofreu avaria, mas não irreparável. Refez-se da colisão, tremendo de proa a popa, qual criatura viva. E seguiu então seu caminho. ME1 206 1 Bem sabia eu o significado dessa representação. Eu tinha minhas ordens. Ouvira as palavras, como uma voz que viesse de nosso Comandante: "Enfrentai-o!" Sabia qual meu dever, e que não havia um momento a perder. Chegara o tempo para ação decidida. Eu devia, sem tardança, obedecer à ordem: "Enfrentai-o!" ME1 206 2 Nessa noite estive acordada à uma hora, escrevendo tão depressa quanto minha mão podia deslizar sobre o papel. Nos próximos dias, trabalhei diuturnamente, preparando para nosso povo as instruções que me foram dadas acerca dos erros que se insinuavam em nosso meio. ME1 206 3 Tive a esperança de que houvesse uma reforma cabal, e de que fossem mantidos os princípios pelos quais nos batemos nos dias primitivos, e que foram apresentados no poder do Espírito Santo. O firme alicerce de nossa fé ME1 206 4 Muitos de nosso povo não reconhecem quão firmemente foram lançados os alicerces de nossa fé. Meu esposo, o Pastor José Bates, o Pai Pierce, o Pastor [Hiran] Edson, e outros que eram inteligentes, nobres e verdadeiros, achavam-se entre os que, expirado o tempo em 1844, buscavam a verdade como a tesouros escondidos. Reunia-me com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniram para estudar a Bíblia, a fim de que conhecessem seu sentido e estivessem preparados para ensiná-la com poder. Quando, em seu estudo, chegavam a ponto de dizerem: "Nada mais podemos fazer", o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu era arrebatada em visão, e era-me dada uma clara explanação das passagens que estivéramos estudando, com instruções quanto à maneira em que devíamos trabalhar e ensinar eficientemente. Assim nos foi proporcionada luz que nos ajudou a compreender as passagens acerca de Cristo, Sua missão e sacerdócio. Foi-me tornada clara uma cadeia de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera. ME1 207 1 Durante todo o tempo eu não podia compreender o arrazoamento dos irmãos. Minha mente estava por assim dizer fechada, não podia compreender o sentido das passagens que estudávamos. Esta foi uma das maiores tristezas de minha vida. Fiquei neste estado de espírito até que nos fossem tornados claros todos os pontos principais de nossa fé, em harmonia com a Palavra de Deus. Os irmãos sabiam que, quando não em visão, eu não compreendia esses assuntos, e aceitaram como luz direta do Céu as revelações dadas. ME1 207 2 Por dois ou três anos minha mente continuou cerrada ao entendimento das Escrituras. No decorrer de nossos trabalhos, meu marido e eu visitamos o Pai Andrews, que sofria intensamente de reumatismo inflamatório. Oramos por ele. Impus as mãos sobre sua cabeça, e disse: "Pai Andrews, o Senhor Jesus te dá saúde." Foi curado instantaneamente. Levantou-se e andou pelo aposento, louvando a Deus e dizendo: "Nunca dantes vi isto. Anjos de Deus estão neste aposento." Revelou-se a glória do Senhor. Toda a casa parecia resplandecer de luz, e um anjo pôs-me a mão sobre a cabeça. Desse tempo em diante tenho sido capaz de compreender a Palavra de Deus. ME1 207 3 Que influência essa, que desejaria levar os homens, neste período de nossa história, a trabalhar de modo enganador e poderoso, para solapar os alicerces de nossa fé -- alicerces que foram lançados no princípio de nossa obra mediante devoto estudo da Palavra e pela revelação? Sobre esses alicerces temos estado a construir, nos últimos cinqüenta anos. Admirai-vos de que, quando vejo o princípio de uma obra que pretende remover alguns dos pilares de nossa fé, tenha algo a dizer? Tenho de obedecer à ordem: "Enfrentai-o!" ... ME1 208 1 Tenho de proclamar as mensagens de advertência que Deus me dá para divulgar, e então deixar com o Senhor os resultados. Tenho de agora apresentar o assunto em todos os seus aspectos, pois o povo de Deus não deve ser despojado. ME1 208 2 Somos o povo de Deus, observador dos mandamentos. Nos passados cinqüenta anos tem-se feito pressão sobre nós com toda sorte de heresias, a fim de embotar-nos o espírito em relação aos ensinos da Palavra -- especialmente quanto ao ministério de Cristo no santuário celestial e à mensagem do Céu para estes últimos dias, como foi dada pelos anjos do décimo quarto capítulo do Apocalipse. Mensagens de toda espécie e feitio têm feito pressão sobre os adventistas do sétimo dia, pretendendo substituir a verdade que, ponto por ponto, tem sido buscada com estudo e oração, e atestada pelo poder milagroso do Senhor. Mas os marcos que nos tornaram o que somos, devem ser preservados, e sê-lo-ão, conforme Deus o mostrou mediante Sua Palavra e o testemunho de Seu Espírito. Ele nos conclama a nos apegarmos firmemente, com a mão da fé, aos princípios fundamentais baseados em autoridade inquestionável. ------------------------Capítulo 26 -- A lei perfeita ME1 211 1 A lei de Deus, como é apresentada nas Escrituras, é ampla em suas reivindicações. Cada um de seus princípios é santo, justo e bom. A lei coloca os homens sob obrigação a Deus; alcança os pensamentos e a sensibilidade; e produzirá convicção de pecado em todo aquele que tenha ciência de ter transgredido suas reivindicações. Se a lei alcançasse apenas a conduta exterior, os homens não seriam culpados em seus maus pensamentos, desejos e desígnios. Mas a lei requer que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e a sensibilidade estejam de acordo com a norma de amor e justiça. ME1 211 2 Em Seus ensinos, Cristo mostrou de quão vasto alcance são os princípios da lei pronunciada do Sinai. Fez Ele uma aplicação viva dessa lei cujos princípios permanecem para sempre a grande norma de justiça -- norma pela qual todos serão julgados naquele grande dia em que se assentar o juízo e os livros forem abertos. Veio Ele para cumprir toda a justiça e, como cabeça da humanidade, mostrar ao homem que ele pode fazer a mesma obra, satisfazendo a todas as especificações dos reclamos de Deus. Pela medida da graça que Ele concede ao instrumento humano, ninguém precisa perder o Céu. A perfeição de caráter é alcançável por todo aquele que nela se empenha. Isto é a própria base do novo concerto evangélico. A lei de Jeová é a árvore; o evangelho são as perfumosas flores e os frutos que ela produz. ME1 212 1 Quando o Espírito de Deus revela ao homem o pleno sentido da lei, realiza-se em seu coração uma mudança. O fiel quadro de seu verdadeiro estado, pelo profeta Natã, revelou a Davi os seus pecados, ajudando-o a removê-los. Aceitou humildemente o conselho e humilhou-se perante Deus. "A lei do Senhor", disse ele, "é perfeita, e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o Teu servo; em os guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o Teu servo, que ela não me domine; então serei irrepreensível, e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na Tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!" Salmos 19:7-14. Como Paulo considerava a lei ME1 212 2 O testemunho de Paulo, sobre a lei, é: "Que diremos, pois? É a lei pecado [o pecado está no homem, não na lei]? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri; e o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou." Romanos 7:7-11. ME1 213 1 O pecado não matou a lei, mas esta matou em Paulo a mente carnal. "Agora estamos livres da lei", declara ele, "pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra." Romanos 7:6. "Logo, tornou-se-me o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno." Romanos 7:13. "E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." Romanos 7:12. Paulo chama a atenção de seus ouvintes para a lei quebrantada, e mostra-lhes em que são culpados. Instrui-os como um mestre-escola instrui seus alunos, e mostra-lhes o caminho de volta para a fidelidade a Deus. ME1 213 2 Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado. Tem de deixar de transgredir, e tornar-se leal e verdadeiro. Ao olhar o pecador para o grande espelho moral, vê seus defeitos de caráter. Vê-se a si mesmo tal qual é, maculado, corrupto e condenado. Sabe, porém, ele que a lei não pode, de modo algum, remover a culpa ou perdoar ao transgressor. Tem de ir mais longe que isso. A lei é apenas o aio para levá-lo a Cristo. Tem de ele olhar para seu Salvador, o portador dos pecados. E ao ser-lhe revelado Cristo na cruz do Calvário, morrendo sob o peso dos pecados de todo o mundo, o Espírito Santo lhe mostra a atitude de Deus para com todos os que se arrependem de suas transgressões. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. ME1 213 3 Precisamos, individualmente, levar a sério, mais do que já o fizemos, o "assim diz o Senhor". Há homens infiéis a Deus, que profanam Seu santo sábado, que cavilam sobre as mais claras afirmações da Palavra, que torcem as Escrituras quanto ao seu sentido verdadeiro, fazendo ao mesmo tempo desesperados esforços para harmonizar com as mesmas Escrituras a sua desobediência. Mas a Palavra condena semelhantes práticas, como condenou os escribas e fariseus nos dias de Cristo. Precisamos saber o que é a verdade. Porventura deveríamos proceder como os fariseus? Volver-nos-emos do maior dos mestres que o mundo já conheceu, para as tradições e máximas e ditos dos homens? Resultados da transgressão da lei ME1 214 1 Há muitas crenças que a mente não tem direito de alimentar. Adão creu na mentira de Satanás, nas astutas insinuações contra o caráter de Deus. "E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:16-17. Satanás, quando tentou a Eva, disse: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." Gênesis 3:1-5. ME1 214 2 O conhecimento que Deus não queria que nossos primeiros pais tivessem, era o conhecimento da culpa. E quando aceitaram as afirmações de Satanás, que eram falsas, introduziram-se em nosso mundo a desobediência e a transgressão. Essa desobediência à expressa ordem de Deus, essa crença na mentira de Satanás, abriu sobre o mundo as comportas da desgraça. Satanás tem continuado a obra iniciada no Jardim do Éden. Tem trabalhado vigilantemente, a fim de que os homens aceitassem suas afirmações como prova contra Deus. Tem ele trabalhado contra Cristo em Seus esforços para restaurar a imagem de Deus no homem, imprimindo-lhe na alma a semelhança divina. ME1 214 3 A crença numa falsidade não tornou Paulo um homem bondoso, terno e compassivo. Era um fanático religioso, muitíssimo irado contra a verdade acerca de Jesus. Ia através do país, arrastando homens e mulheres, e entregando-os à prisão. Referindo-se a isso, diz ele: "Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois. E persegui este caminho até à morte, prendendo e metendo em prisões, tanto varões como mulheres." Atos 22:3-4. ME1 215 1 A família humana acha-se perturbada por motivo da transgressão da lei do Pai. Deus, porém, não abandona o pecador antes de lhe mostrar o remédio para o pecado. O Filho unigênito de Deus morreu a fim de que nós vivêssemos. O Senhor aceitou este sacrifício em nosso favor, como nosso substituto e penhor, sob a condição de recebermos a Cristo e nEle crermos. O pecador tem de ir a Cristo, com fé, apropriar-se de Seus méritos, depor os seus pecados sobre o Portador dos pecados, e receber o Seu perdão. Foi por esta causa que Cristo veio ao mundo. Assim é imputada a justiça de Cristo ao pecador arrependido e crente. Torna-se então membro da família real, filho do Rei celestial, herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. ------------------------Capítulo 27 -- O caráter da lei de Deus ME1 216 1 Diz Davi: "A lei do Senhor é perfeita." Salmos 19:7. "Acerca dos Teus testemunhos soube, desde a antiguidade, que Tu os fundaste para sempre." Salmos 119:152. E Paulo testifica: "A lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." Romanos 7:12. ME1 216 2 Como supremo Soberano do Universo, Deus ordenou leis para o governo não só de todos os seres vivos, mas de todas as operações da Natureza. Todas as coisas, quer grandes quer pequenas, animadas ou inanimadas, acham-se sujeitas a leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Não há exceções a esta regra; pois coisa alguma feita pela mão divina, foi esquecida pela mente divina. Mas se bem que tudo na Natureza seja governado pela lei natural, o homem, tão-só, como ser inteligente, capaz de compreender seus reclamos, é responsável à lei moral. Ao homem unicamente, a coroa de Sua criação, deu Deus uma consciência, para reconhecer as sagradas reivindicações da lei divina, e deu-lhe um coração capaz de amá-la como santa, justa e boa que é; e do homem é requerida pronta e perfeita obediência. Todavia Deus não o obriga a obedecer; deixa-o como livre agente moral. ME1 216 3 Poucos, apenas, compreendem o assunto da responsabilidade pessoal do homem; e no entanto é questão de maior importância. Podemos, cada qual, obedecer e viver, ou podemos transgredir a lei de Deus, desafiar-Lhe a autoridade, e receber a punição devida. Vem, pois, a toda alma, com força, a questão: Deverei obedecer à voz do Céu, às dez palavras proferidas do Sinai, ou seguirei a multidão que pisa aos pés essa lei ígnea? Aos que amam a Deus será o mais alto deleite obedecer a Seus mandamentos, e fazer as coisas agradáveis a Sua vista. Mas o coração natural aborrece a lei de Deus, e guerreia contra suas santas reivindicações. Os homens cerram a alma à luz divina, recusando-se a andar nela, ao brilhar sobre eles. Sacrificam a pureza de coração, o favor de Deus e sua esperança do Céu, pela egoísta satisfação do ganho profano. ME1 217 1 Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita." Salmos 19:7. Quão maravilhosa em sua simplicidade, sua amplidão e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve que facilmente podemos decorar cada um de seus preceitos, e todavia tão vasta que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento, não só das ações exteriores, mas dos pensamentos e intentos, dos desejos e emoções do coração. Não podem fazer isso as leis humanas. Só podem tratar das ações exteriores. Pode um homem ser transgressor, e no entanto esconder dos olhos humanos os seus maus atos; pode ele ser criminoso -- ladrão, assassino ou adúltero -- mas enquanto não for descoberto, não o pode a lei condenar como culpado. A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que emergem da alma, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que "Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau". Eclesiastes 12:14. A lei de Deus é simples ME1 217 2 A lei de Deus é simples e fácil de se compreender. Há homens que se gabam orgulhosamente de só crer naquilo que compreendem, esquecidos de que há mistérios na vida humana e na manifestação do poder de Deus nas obras da Natureza -- mistérios que a mais profunda filosofia, as mais extensas pesquisas, são incapazes de explicar. Mas não existe mistério na lei de Deus. Todos podem compreender as grandes verdades que ela encerra. O intelecto mais débil pode apreender essas regras; o mais ignorante pode reger a vida, e formar o caráter, de acordo com a norma divina. Se os filhos dos homens, segundo o melhor de sua habilidade, obedecessem a essa lei, adquiririam força mental e poder de discernimento para compreender ainda mais dos propósitos e planos de Deus. E esse progresso seria contínuo, não apenas durante a vida presente, mas através dos séculos eternos; pois, por muito que avancemos no conhecimento da sabedoria e poder de Deus, sempre há um infinito além. ME1 218 1 A lei divina requer que amemos a Deus supremamente e ao nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício desse amor, a mais alta profissão de fé é mera hipocrisia. "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos", diz Cristo, "depende toda a lei e os profetas." Mateus 22:37-40. ME1 218 2 A lei requer obediência perfeita. "Qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos." Tiago 2:10. Nem um desses dez preceitos pode ser violado sem deslealdade para com o Deus do Céu. O mínimo desvio de suas reivindicações, por negligência ou transgressão deliberada, é pecado, e todo pecado expõe o pecador à ira de Deus. Obediência era a condição única sob a qual o Israel antigo devia receber o cumprimento das promessas que os tornaram o povo altamente favorecido por Deus; e a obediência a essa lei trará hoje, a indivíduos e a nações, tão grandes bênçãos como teria proporcionado aos hebreus. ME1 218 3 A obediência à lei é essencial, não só para nossa salvação, mas para a felicidade nossa e de todos aqueles com quem nos relacionamos. "Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço" (Salmos 119:165), diz a Palavra inspirada. Todavia homens finitos apresentam ao povo essa lei santa, justa e boa, essa lei da liberdade, que o próprio Criador adaptou às necessidades humanas, como um jugo de servidão, jugo que homem algum é capaz de suportar. É, porém, o pecador que considera a lei como jugo penoso; é o transgressor que não vê beleza em seus preceitos. Pois a mente carnal "não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser". Romanos 8:7. ME1 219 1 "Pela lei vem o conhecimento do pecado" (Romanos 3:20); "pois o pecado é a transgressão da lei." 1 João 3:4. É pela lei que os homens são convencidos do pecado; e têm eles de sentir-se pecadores, expostos à ira de Deus, antes de reconhecerem sua necessidade de um Salvador. Satanás opera constantemente para diminuir no homem o conceito do ofensivo caráter do pecado. E os que pisam a pés a lei de Deus, fazem a obra do grande enganador, pois rejeitam a única norma pela qual podem definir o pecado, e com isso impressionar a consciência do transgressor. ME1 219 2 A lei de Deus alcança os desígnios secretos que, embora sejam pecaminosos, são muitas vezes passados por alto, mas que em realidade são a base e a prova do caráter. É o espelho para o qual deve olhar o pecador, se quiser ter conhecimento correto de seu caráter moral. E quando se vê condenado por essa grande norma de justiça, seu próximo gesto deve ser arrepender-se de seus pecados e buscar o perdão mediante Cristo. Deixando de isso fazer, muitos procuram quebrar o espelho que lhes revela os defeitos, anular a lei que lhes aponta as manchas da vida e do caráter. ME1 219 3 Vivemos numa época de grande impiedade. Multidões se acham escravizadas por costumes pecaminosos e hábitos maus, e os grilhões que os prendem são difíceis de romper. A iniqüidade, qual inundação, cobre a Terra. Crimes quase terríveis demais para serem mencionados, são de ocorrência diária. E todavia homens que professam ser vigias nos muros de Sião nos ensinam que a lei se destinava aos judeus tão-somente, e tornou-se ultrapassada com os gloriosos privilégios que introduziram a dispensação evangélica. Não haverá uma relação entre a dominante ilegalidade e crime, e o fato de que pastores e povo mantêm e ensinam que a lei já não está em vigência? ME1 220 1 O poder de condenação da lei de Deus estende-se não só às coisas que praticamos, mas às coisas que deixamos de praticar. Não nos devemos justificar ao omitirmos a prática das coisas que Deus requer. Devemos não só cessar de fazer o mal, mas também aprender a fazer o bem. Concedeu-nos Deus faculdades que devem ser exercitadas em boas obras; e se essas faculdades não forem postas em uso, certamente seremos considerados servos maus e negligentes. Podemos não ter cometido pecados graves; essas ofensas podem não estar registradas contra nós no livro de Deus; mas o fato de que nossos atos não estão registrados como puros, bons, elevados e nobres, demonstrando que não usamos os talentos que nos foram confiados, isso nos coloca sob condenação. ME1 220 2 A lei de Deus existiu antes de ter sido criado o homem. Adaptava-se às condições de seres santos; mesmo os anjos eram por ela governados. Depois da queda, não foram alterados os princípios de justiça. Coisa alguma foi tirada da lei; nem um único de seus santos preceitos era susceptível de ser aperfeiçoado. E como existiu desde o princípio, assim continuará a existir através dos séculos eternos. "Acerca dos Teus testemunhos", diz o salmista, "soube, desde a antiguidade, que Tu os fundaste para sempre." Salmos 119:152. ME1 220 3 Por essa lei, que governa os anjos, que requer pureza nos mais secretos pensamentos, desejos e disposições, e que permanece firme "para todo o sempre" (Salmos 111:8), todo o mundo será julgado no dia de Deus, o qual se aproxima rapidamente. Podem os transgressores lisonjear-se pensando que o Altíssimo não sabe, que o Todo-poderoso não considera; Ele não os suportará para sempre. Cedo receberão a recompensa de seus feitos, a morte que é o salário do pecado; ao passo que a nação justa, que guardou a lei, será introduzida através dos portais de pérolas da cidade celestial, e coroada de vida imortal e de júbilo, na presença de Deus e do Cordeiro. ------------------------Capítulo 28 -- A inimizade de Satanás à lei ME1 221 1 Despertei do sono, na noite passada, sentindo no espírito um grande peso. Achava-me transmitindo uma mensagem a nossos irmãos e irmãs, e era mensagem de advertência e instrução acerca da obra de alguns que advogam teorias erradas quanto à recepção do Espírito Santo e Sua operação através de instrumentos humanos. ME1 221 2 Fui instruída de que nos dias finais da mensagem insinuar-se-ia de novo entre nós um fanatismo semelhante ao que fomos chamados a defrontar depois de passado o tempo em 1844, e que deveríamos combater esse mal com a mesma decisão com que o combatemos em nossas experiências primitivas. ME1 221 3 Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Cumprem-se as profecias. Uma história estranha e momentosa está sendo registrada nos livros do Céu -- acontecimentos que, declarou-se, precederiam em pouco o grande dia de Deus. Tudo no mundo se encontra em estado incerto. As nações estão iradas e fazem-se grandes preparativos de guerra. Nação conspira contra nação, e reino contra reino. O grande dia de Deus se apressa muito. Mas embora as nações estejam passando em revista suas forças para a guerra e derramamento de sangue, está ainda em vigor a ordem dada aos anjos, de segurarem os quatro ventos até que os servos de Deus tenham sido assinalados na fronte. ME1 222 1 O mundo está experimentando os resultados certos da transgressão da lei de Deus. Terminada Sua obra da criação, o Senhor repousou no sétimo dia, e santificou o dia de Seu repouso, pondo-o à parte, como o dia que o homem devia dedicar ao Seu culto. Hoje, porém, o mundo em geral desrespeita completamente a lei de Jeová. Instituiu-se outro dia, em lugar do dia de repouso de Deus. O instrumento humano pôs seu caminho e sua vontade contra os positivos ensinamentos da Palavra, e o mundo se precipitou em rebelião e pecado. ME1 222 2 Essa obra de oposição à lei de Deus teve seu início nas cortes do Céu, com Lúcifer, o querubim cobridor. Satanás resolveu ser o primeiro nos concílios do Céu, igual a Deus. Começou sua obra de rebelião com os anjos sob o seu comando, procurando difundir entre eles o espírito de descontentamento. E atuou de modo tão enganoso que muitos dos anjos foram ganhos para seu lado, antes que seus propósitos fossem conhecidos plenamente. Mesmo os anjos leais não puderam discernir plenamente seu caráter, nem ver o rumo para o qual levava sua obra. Havendo Satanás tido êxito em ganhar muitos anjos para o seu lado, levou a Deus a sua causa, afirmando que era desejo dos anjos que ele ocupasse a posição mantida por Cristo. ME1 222 3 O mal continuou a operar, até que o espírito de descontentamento maturou em ativa revolta. Então houve guerra no Céu, e Satanás, com todos os que com ele simpatizavam, foi expulso. Satanás guerreara pelo domínio do Céu, e perdera a batalha. Não poderia Deus por mais tempo confiar-lhe honra e supremacia, e estas, com a parte que ele ocupara no governo do Céu, foram-lhe tiradas. ME1 222 4 Desde esse tempo Satanás e seu exército de confederados têm sido inimigos declarados de Deus em nosso mundo, guerreando constantemente contra a causa da verdade e justiça. Satanás tem continuado a apresentar aos homens, como apresentou aos anjos, suas falsas representações de Cristo e de Deus, e tem ganho o mundo para o seu lado. Mesmo as igrejas professadamente cristãs se têm posto ao lado do primeiro grande apóstata. ME1 223 1 Satanás apresenta-se como príncipe do reino deste mundo, e foi assim que ele se aproximou de Cristo na última das três grandes tentações, no deserto. "Se, prostrado, me adorares", disse ele ao Salvador, "tudo isto" -- apontando aos reinos do mundo que Satanás fizera passar em revista diante de Jesus "Te darei." Mateus 4:9. ME1 223 2 Cristo, nas cortes do Céu, soubera que chegaria o tempo em que o poder de Satanás teria de ser resistido e vencido, se é que a raça humana devesse um dia ser salva de seu domínio. E ao chegar esse tempo, o Filho de Deus depôs Sua coroa real e reais vestes e, revestindo de humanidade a Sua divindade, veio à Terra para enfrentar o príncipe do mal e vencê-lo. A fim de tornar-Se o Advogado do homem perante o Pai, o Salvador teria de viver Sua vida na Terra, tal qual o tem de fazer o ser humano, aceitando suas adversidades e tristezas e tentações. Como o Bebê de Belém, tornar-Se-ia um com a raça humana, e mediante uma vida imaculada, da manjedoura à cruz, mostraria que o homem, por uma vida de arrependimento e fé nEle, poderia ser restaurado ao favor de Deus. Traria ao homem graça remidora, perdão dos pecados. Se os homens voltassem à lealdade a Deus, não continuando a transgredir, receberiam perdão. ME1 223 3 Cristo, na fraqueza da humanidade, devia defrontar as tentações de um ser possuidor das faculdades da natureza mais elevada, que Deus concedera à família angélica. Mas a humanidade de Cristo uniu-se à divindade, e nessa força suportaria Ele todas as tentações que Satanás pudesse apresentar-Lhe, conservando Sua alma imaculada de pecado. E esse poder para vencer deseja Ele dar a todo filho e filha de Adão que pela fé aceite os justos atributos de Seu caráter. ME1 223 4 Deus amou o mundo tão ternamente que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que O aceitasse tivesse poder para viver a Sua vida de justiça. Cristo provou que é possível ao homem apegar-se, pela fé, ao poder de Deus. Mostrou Ele que o pecador, pelo arrependimento, e exercendo fé na justiça de Cristo, pode reconciliar-se com Deus e tornar-se participante da natureza divina, vencendo a corrupção que pela concupiscência há no mundo. ME1 224 1 Satanás hoje apresenta as mesmas tentações que apresentou a Cristo, oferecendo-nos os reinos do mundo em troca de nossa fidelidade. Mas sobre aquele que olha a Jesus como autor e consumador da fé, as tentações de Satanás não têm poder. Não pode levar ao pecado aquele que pela fé aceite as virtudes dAquele que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. ME1 224 2 "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Aquele que se arrepende de seu pecado e aceita o dom da vida do Filho de Deus, não pode ser vencido. Apoderando-se, pela fé, da natureza divina, torna-se ele um filho de Deus. Ele ora, ele crê. Quando tentado e provado, suplica o poder, pelo qual Cristo morreu para conceder, e vence pela Sua graça. Isso todo pecador deve compreender. Deve arrepender-se de seu pecado, deve crer no poder de Cristo e aceitar esse poder para salvá-lo e guardá-lo do pecado. Quão gratos devêramos ser pelo dom do exemplo de Cristo! Não evitar a cruz ME1 224 3 Podem ser comuns profundas teorias e especulações de criação humana, mas aquele que quiser sair como vencedor no final, tem de ser humilde bastante para confiar no poder divino. Quando assim nos apegamos ao poder do Infinito, e vamos a Cristo, dizendo: "Em minha mão o preço não o tenho; à Tua cruz, tão-só, eu me sustenho", então os instrumentos divinos poderão cooperar conosco, a fim de santificar e purificar a vida. ME1 224 4 Não busque ninguém evitar a cruz. É pela cruz que somos habilitados a vencer. É mediante aflições e provas que os instrumentos divinos podem em nossa vida realizar uma obra que resultará na posse do amor, paz e bondade de Cristo. ME1 224 5 Uma grande obra tem de ser efetuada diariamente no coração humano mediante o estudo da Palavra. Temos de aprender a simplicidade da fé verdadeira. Isto trará suas recompensas. Busquemos o decidido progresso no discernimento espiritual. Façamos da preciosa Palavra o nosso conselheiro. Temos de andar com cuidado a todo momento, permanecendo bem junto de Cristo. São necessários o espírito e a graça de Cristo na vida, assim como a fé que opera por amor e purifica a alma. ME1 225 1 Precisamos compreender nitidamente as divinas reivindicações feitas por Deus ao Seu povo. A lei, que é a transcrição de Seu caráter, ninguém precisa deixar de compreender. As palavras escritas pelo dedo de Deus sobre tábuas de pedra, revelam tão perfeitamente Sua vontade para com Seu povo, que ninguém precisa cometer erro algum. As leis do Seu reino foram reveladas com exatidão, para serem depois tornadas conhecidas ao povo de todas as nações e línguas, como os princípios do Seu governo. Bem faríamos em estudar essas leis registradas em Êxodo 20 e 31:12-18. ME1 225 2 Quando se assentar o juízo e forem abertos os livros, e todo homem for julgado segundo as coisas neles escritas, então as tábuas de pedra, escondidas por Deus até aquele dia, serão apresentadas ante o mundo como a norma de justiça. Então os homens e mulheres verão que o requisito para sua salvação é a obediência à perfeita lei de Deus. Ninguém encontrará desculpa para o pecado. Pelos justos princípios dessa lei, receberão os homens sua sentença de vida ou de morte. ------------------------Capítulo 29 -- Cristo, nossa única esperança ME1 226 1 Antes que fossem postos os fundamentos do mundo, Cristo, o Unigênito de Deus, comprometeu-Se a tornar-Se o Redentor da raça humana, caso Adão pecasse. Adão caiu, e Aquele que era participante da glória do Pai antes de existir o mundo, pôs de lado Suas vestes reais e Sua real coroa, e desceu de Sua alta autoridade para tornar-Se um Bebê em Belém, a fim de que, palmilhando o caminho onde Adão tropeçara e caíra, redimisse a humanidade caída. Sujeitou-Se a todas as tentações que o inimigo apresenta aos homens e mulheres; e todos os assaltos de Satanás não conseguiram fazê-Lo desviar-Se de Sua lealdade ao Pai. Vivendo uma vida sem pecado, testificou Ele de que todo filho e filha de Adão pode resistir às tentações daquele que primeiro trouxe o pecado ao mundo. ME1 226 2 Cristo trouxe aos homens e mulheres o poder de vencer. Veio ao mundo em forma humana, a fim de viver como homem entre os homens. Assumiu os riscos da natureza humana, para ser provado e tentado. Em Sua humanidade, era participante da natureza divina. Em Sua encarnação obteve nova intuição do título de Filho de Deus. Disse o anjo a Maria: "A virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus." Lucas 1:35. Ao mesmo tempo que era Filho de um ser humano, tornou-Se o Filho de Deus num novo sentido. Assim Se achou Ele em nosso mundo -- o Filho de Deus, mas ligado, pelo nascimento, à raça humana. ME1 227 1 Cristo veio em forma humana para mostrar aos habitantes dos mundos não caídos e do mundo caído, que amplas providências foram tomadas para habilitar os seres humanos a viverem em lealdade com seu Criador. Suportou Ele as tentações que Satanás teve permissão para arremeter contra Ele, e resistiu a todos os assaltos. Foi afligido severamente, cruelmente atacado, mas Deus não deixou de reconhecê-Lo. Quando por João foi batizado no Jordão, ao sair da água, o Espírito de Deus, em forma de pomba de ouro polido, desceu sobre Ele, e disse uma voz do Céu: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mateus 3:17. Foi logo após esse anúncio que Cristo foi pelo Espírito levado ao deserto. Diz Marcos: "Logo o Espírito O impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras." Marcos 1:12-13. "E naqueles dias não comeu coisa alguma." Lucas 4:2. Enfrentando a tentação ME1 227 2 Quando Jesus foi levado ao deserto para ser tentado, levou-O o Espírito de Deus. Ele não convidou a tentação. Foi ao deserto para ficar a sós, para contemplar Sua missão e obra. Mediante jejum e oração devia Ele fortalecer-Se para a vereda manchada de sangue, que teria de palmilhar. Como deveria Ele começar Sua obra de libertar os cativos mantidos em tormentos pelo destruidor? No decorrer de Seu longo jejum foi-Lhe exposto todo o plano de Sua obra como libertador do homem. ME1 227 3 Quando Jesus penetrou no deserto, foi envolto pela glória do Pai. Absorto na comunhão com Deus, foi elevado acima da fraqueza humana. Mas a glória afastou-se, e foi Ele deixado a lutar com a tentação. Esta o premia a todo momento. Sua natureza humana tremia ante o conflito que O aguardava. Por quarenta dias jejuou e orou. Enfraquecido pela fome, exausto e conturbado pela agonia mental, "Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens". Isaías 52:14. Era agora a oportunidade de Satanás. Agora supunha ele poder vencer a Cristo. ME1 228 1 Veio ter com o Salvador, como em resposta a Suas orações, alguém disfarçado em anjo de luz, e eis a mensagem por ele trazida: "Se Tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães." Mateus 4:3. ME1 228 2 Jesus resistiu a Satanás com as palavras: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Mateus 4:4. Em toda tentação a arma de Sua milícia era a Palavra de Deus. Satanás exigiu de Cristo um milagre como sinal de Sua divindade. Mas isso que é maior que todos os milagres, a firme confiança em um "assim diz o Senhor" era um sinal que não podia ser controvertido. Enquanto Cristo Se ativesse a essa posição, o tentador não poderia alcançar vantagem alguma. ME1 228 3 A familiaridade com a Palavra de Deus é nossa única esperança. Os que observam diligentemente as Escrituras não aceitarão os enganos de Satanás como a verdade de Deus. Ninguém precisa ser vencido pelas especulações apresentadas pelo inimigo de Deus e de Cristo. Não devemos especular acerca de pontos sobre os quais silencia a Palavra de Deus. Tudo que é necessário para nossa salvação é dado na Palavra de Deus. Dia a dia, devemos tornar a Bíblia o nosso conselheiro. ME1 228 4 Por toda a eternidade, esteve Cristo unido ao Pai, e quando assumiu a natureza humana, era ainda um com Deus. É Ele o elo que une a Deus a humanidade. "Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas." Hebreus 2:14. Por meio dEle, unicamente, podemos tornar-nos filhos de Deus. A todo que crê nEle, dá Ele poder para tornar-se filho de Deus. Assim o coração se torna o templo do Deus vivo. É porque Cristo tomou a natureza humana, que os homens e mulheres se tornam participantes da natureza divina. Ele traz à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho. ------------------------Capítulo 30 -- A lei e o evangelho ME1 229 1 Quando os judeus rejeitaram a Cristo, rejeitaram a base de sua fé. E, por outro lado, o mundo cristão de hoje, que tem a pretensão de ter fé em Cristo, mas rejeita a lei de Deus, comete um erro semelhante ao dos iludidos judeus. Os que professam apegar-se a Cristo, polarizando nEle as suas esperanças, ao mesmo tempo que desprezam a lei moral e as profecias, não estão em posição mais segura do que os judeus descrentes. Não podem chamar inteligentemente os pecadores ao arrependimento, pois são incapazes de explicar devidamente o de que se devem arrepender. O pecador, ao ser exortado a abandonar seus pecados, tem o direito de perguntar: Que é pecado? Os que respeitam a lei de Deus podem responder: Pecado é a transgressão da lei. Em confirmação disto o apóstolo Paulo diz: Eu não conheceria o pecado, não fosse a lei. ME1 230 2 Unicamente os que reconhecem a vigência da lei moral podem explicar a natureza da expiação. Cristo veio para servir de mediador entre Deus e o homem, para unir o homem a Deus, levando-o à obediência a Sua lei. Não havia na lei poder para perdoar ao transgressor. Jesus, tão-só, podia pagar a dívida do pecador. Mas o fato de que Jesus pagou a dívida do pecador arrependido não lhe dá licença para continuar na transgressão da lei de Deus; deve ele, daí por diante, viver em obediência a essa lei. ME1 230 1 A lei de Deus existia antes da criação do homem, ou do contrário Adão não podia ter pecado. Depois da transgressão de Adão não foram mudados os princípios da lei, mas foram definitivamente dispostos e expressos de modo a adaptar-se ao homem em seu estado decaído. Cristo, em conselho com o Pai, instituiu o sistema de ofertas sacrificais; de modo que a morte, em vez de sobrevir imediatamente ao transgressor, fosse transferida para uma vítima que devia prefigurar a grande e perfeita oferenda do Filho de Deus. ME1 230 2 Os pecados do povo foram em figura transferidos para o sacerdote oficiante, que era um mediador para o povo. O sacerdote não podia ele mesmo tornar-se oferta pelo pecado e com sua vida fazer a expiação, pois era também pecador. Por isso, em vez de sofrer ele mesmo a morte, sacrificava um cordeiro sem mácula; a pena do pecado era transferida para o inocente animal, que assim se tornava seu substituto imediato, simbolizando a perfeita oferta de Jesus Cristo. Através do sangue dessa vítima o homem, pela fé, contemplava o sangue de Cristo, que serviria de expiação aos pecados do mundo. Propósito da lei cerimonial ME1 230 3 Se Adão não tivesse transgredido a lei de Deus, nunca teria sido instituída a lei cerimonial. O evangelho das boas novas foi primeiro dado a Adão na declaração que lhe foi feita, de que a semente da mulher havia de esmagar a cabeça da serpente; e foi transmitido através de sucessivas gerações a Noé, Abraão e Moisés. O conhecimento da lei de Deus e do plano da salvação foi comunicado a Adão e Eva pelo próprio Cristo. Entesouraram cuidadosamente a importante lição, transmitindo-a verbalmente aos filhos e aos filhos dos filhos. Assim se preservou o conhecimento da lei de Deus. ME1 230 4 Os homens naqueles dias viviam quase mil anos, e anjos visitavam-nos com instruções provindas diretamente de Cristo. Foi estabelecido o culto de Deus mediante as ofertas sacrificais, e os que temiam a Deus reconheciam perante Ele os seus pecados, aguardando, com gratidão e santa confiança, a vinda da Estrela da Manhã, que havia de guiar ao Céu os caídos filhos de Adão, por meio do arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Assim era o evangelho pregado em cada sacrifício; e as obras dos crentes revelavam continuamente a sua fé num Salvador porvindouro. Disse Jesus aos judeus: "Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em Mim; porque de Mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas Minhas palavras?" João 5:46-47. ME1 231 1 Era, porém, impossível a Adão, por exemplo e preceito, deter a onda de miséria que sua transgressão trouxera aos homens. A incredulidade insinuou-se no coração dos homens. Os filhos de Adão apresentam o primeiro exemplo dos dois rumos seguidos pelos homens em relação às reivindicações de Deus. Abel via Cristo prefigurado nas ofertas sacrificais. Caim era incrédulo quanto à necessidade de sacrifícios; recusou-se a discernir que Cristo era tipificado pelo cordeiro morto; o sangue de animais parecia-lhe não ter virtude alguma. O evangelho foi pregado a Caim, assim como para seu irmão; mas foi-lhe um cheiro de morte para morte, visto como não reconheceu, no sangue do cordeiro sacrifical, a Jesus Cristo -- a única provisão feita para salvação do homem. ME1 231 2 Nosso Salvador, em Sua vida e morte, cumpriu todas as profecias que para Ele apontavam, e foi a substância de todos os tipos e sombras apresentados. Ele guardava a lei moral, e exaltou-a satisfazendo a suas reivindicações, como representante do homem. Aqueles, de Israel, que se volveram ao Senhor, e aceitaram a Cristo como a realidade simbolizada pelos sacrifícios típicos, discerniram a finalidade daquilo que devia ser abolido. A obscuridade que cobria como um véu o sistema judaico, era-lhes como o véu que cobria a glória da face de Moisés. Esta glória era reflexo da luz que Cristo veio trazer ao mundo, para benefício do homem. ME1 231 3 Enquanto Moisés, no monte, comungava com Deus, o plano da salvação, que remontava à queda de Adão, foi-lhe revelado de modo assaz vivo. Soube então que o mesmo anjo que dirigia o peregrinar dos filhos de Israel, seria revelado em carne. O amado Filho de Deus, que era um com o Pai, faria um com Deus a todos os homens que nEle cressem e confiassem. Moisés viu o verdadeiro significado das ofertas sacrificais. Cristo ensinou a Moisés o plano evangélico, e por Cristo a glória do evangelho iluminou o semblante de Moisés, de modo que o povo não o podia contemplar. ME1 232 1 Moisés mesmo estava inconsciente da brilhante glória que lhe irradiava da face, e não sabia porque era que os filhos de Israel fugiam dele quando se lhes aproximava. Chamou-os para junto de si, mas não ousavam olhar para aquela face glorificada. Quando Moisés percebeu que o povo não lhe podia mirar o rosto, por causa de sua glória, cobriu-o com um véu. ME1 232 2 A glória do rosto de Moisés era muitíssimo penosa para os filhos de Israel, por motivo de sua transgressão da santa lei de Deus. Isto é uma ilustração dos sentimentos dos que violam a lei divina. Desejam remover dela sua luz penetrante, que é um terror para o que a transgride, ao passo que para os leais ela se afigura santa, justa e boa. Apenas os que têm justa consideração para com a lei de Deus podem estimar devidamente a expiação de Cristo, tornada necessária pela violação da lei do Pai. ME1 232 3 Os que mantêm a idéia de que não havia Salvador na dispensação antiga, têm sobre o entendimento um véu tão opaco quanto o dos judeus que rejeitaram a Cristo. Os judeus confirmavam sua fé no Messias por vir, na oferta de sacrifícios que simbolizavam a Cristo. Entretanto, quando Jesus apareceu, cumprindo todas as profecias acerca do Messias prometido, e fazendo obras que O assinalavam como divino Filho de Deus, eles O rejeitaram, recusando-se a aceitar as mais claras provas de Seu verdadeiro caráter. A igreja cristã, por outro lado, que professa a máxima fé em Cristo, desprezando o sistema judaico, virtualmente nega a Cristo, que foi o originador de toda a economia judaica. ------------------------Capítulo 31 -- A lei em Gálatas ME1 233 1 Perguntam-me acerca da lei em Gálatas. Que lei é o aio que nos deve levar a Cristo? Respondo: Tanto o código cerimonial como o moral, dos Dez Mandamentos. ME1 233 2 Cristo foi a base de toda a economia judaica. A morte de Abel foi conseqüência de recusar-se Caim a aceitar o plano de Deus na escola da obediência, isto é, salvar-se pelo sangue de Jesus Cristo, simbolizado pelas ofertas sacrificais que apontavam para Cristo. Caim recusou-se a derramar o sangue que tipificava o sangue de Cristo, o qual ia ser derramado pelo mundo. Toda essa cerimônia foi preparada por Deus, e Cristo tornou-Se o fundamento de todo o sistema. Este é o princípio da obra da lei, como aio a levar pecaminosos instrumentos humanos à consideração de Cristo -- o fundamento de toda a organização judaica. ME1 233 3 Todos os que prestavam serviço em relação com o santuário, eram constantemente educados acerca da intervenção de Cristo em favor da raça humana. Esse serviço destinava-se a criar em todo coração humano o amor à lei de Deus, que é a lei de Seu reino. O oferecimento de sacrifícios devia ser uma lição objetiva do amor de Deus revelado em Cristo -- a Vítima sofredora e agonizante, que tomou sobre Si o pecado do qual era culpado o homem -- o Inocente Se fez pecado por nós. ME1 234 1 Contemplando este grande tema da salvação, vemos a obra de Cristo. Não só o prometido dom do Espírito, mas também a natureza e caráter desse sacrifício e intervenção, são assuntos que deviam criar em nosso coração idéias elevadas e sagradas acerca da lei de Deus, a qual mantém suas reivindicações sobre todo instrumento humano. A violação dessa lei no pequenino ato de comer do fruto proibido, trouxe sobre o homem e sobre a Terra o resultado da desobediência à santa lei de Deus. A natureza da intervenção deveria sempre levar o homem a temer praticar a menor ação em desobediência aos reclamos de Deus. ME1 234 2 Deve haver clara compreensão quanto ao que constitui pecado, e devemos evitar a mínima aproximação do ato de ultrapassar os limites entre a obediência e a desobediência. ME1 234 3 Deseja Deus que todo membro da Sua criação compreenda a grande obra do infinito Filho de Deus em dar a vida pela salvação do mundo. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele." 1 João 3:1. ME1 234 4 Quando o pecador vê em Cristo a representação do infinito e desinteressado amor e benevolência, desperta-se-lhe no coração uma grata disposição de seguir aonde Cristo o atrai. -- Manuscrito 87, 1900. Especialmente a lei moral ME1 234 5 "A lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados." Gálatas 3:24. Nesta passagem, o Espírito Santo, pelo apóstolo, refere-se especialmente à lei moral. A lei nos revela o pecado, levando-nos a sentir nossa necessidade de Cristo e a fugirmos para Ele em busca de perdão e paz mediante o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. ME1 234 6 A indisposição de ceder opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de grande parte da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Promovendo aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes. O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecoste. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo. ME1 235 1 A lei dos Dez Mandamentos não deve ser considerada tanto do lado proibitivo, como do lado da misericórdia. Suas proibições são a segura garantia de felicidade na obediência. Recebida em Cristo, ela opera em nós a purificação do caráter que nos trará alegria através dos séculos da eternidade. Para os obedientes é ela um muro de proteção. Contemplamos nela a bondade de Deus que, revelando aos homens os imutáveis princípios da justiça, procura resguardá-los dos males que resultam da transgressão. ME1 235 2 Não devemos olhar a Deus como aguardando o momento de punir o pecador por causa de seus pecados. O pecador mesmo acarreta sobre si a punição. Suas próprias ações dão princípio a uma cadeia de circunstâncias que trazem o resultado seguro. Cada ato de transgressão reflete sobre o pecador, opera nele uma mudança de caráter e torna-lhe mais fácil transgredir de novo. Preferindo pecar, separam-se os homens de Deus, excluem-se do conduto de bênçãos, e o resultado certo é a ruína e morte. ME1 235 3 A lei é uma expressão do pensamento de Deus. Quando a recebemos em Cristo ela se torna nosso pensamento. Ergue-nos acima do poder dos desejos e tendências naturais, acima das tentações que levam ao pecado. "Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço" (Salmos 119:165) -- coisa alguma os levará a tropeçar. ME1 235 4 Não há paz na injustiça; os ímpios estão em guerra contra Deus. Aquele, porém, que recebe a justiça da lei em Cristo, está em harmonia com o Céu. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. -- Carta 96, 1896. ------------------------Capítulo 32 -- A justiça de Cristo na lei ME1 236 1 A maior dificuldade que Paulo teve que defrontar provinha da influência dos mestres judaizantes. Estes lhe causavam muita perturbação, dando motivo a dissensões na igreja de Corinto. Apresentavam constantemente as virtudes das cerimônias da lei, exaltando essas cerimônias acima do evangelho de Cristo, e condenando a Paulo porque não as impunha aos novos conversos. ME1 236 2 Paulo enfrentou-os em seu próprio terreno. "Se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória", disse ele, "de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, como não será de maior glória o ministério do espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça." 2 Coríntios 3:7-9. ME1 236 3 A lei de Deus, pronunciada do Sinai com terrível solenidade, é para o pecador o pronunciamento de sua condenação. É da alçada da lei condenar, mas não existe nela nenhum poder para perdoar ou redimir. É ordenada para vida; os que andam em harmonia com os seus preceitos receberão a recompensa da obediência. Ela traz, porém, escravidão e morte aos que permanecem sob sua condenação. ME1 237 1 Tão sagrada e tão gloriosa é a lei que, quando Moisés voltou do monte santo, onde estivera com Deus, recebendo de Sua mão as tábuas de pedra, sua face refletia uma glória que o povo não podia contemplar sem sofrer, e Moisés viu-se obrigado a cobrir a face com um véu. ME1 237 2 A glória que resplandecia da face de Moisés era um reflexo da justiça de Cristo na lei. A lei em si não possui glória, mas nela Se acha incorporado Cristo. Não tem poder para salvar. É sem brilho, mas nela é representado Cristo, cheio de justiça e verdade. ME1 237 3 Os tipos e sombras do sistema sacrifical, com as profecias, deram aos israelitas uma visão velada e indistinta da misericórdia e graça que seriam trazidos ao mundo pela revelação de Cristo. A Moisés foi desdobrado o sentido dos tipos e sombras que apontavam a Cristo. Ele viu o fim daquilo que era transitório, quando, por ocasião da morte de Cristo, o tipo encontrou o antítipo. Viu ele que unicamente por Cristo pode o homem guardar a lei moral. Pela transgressão dessa lei trouxe o homem o pecado ao mundo, e com o pecado veio a morte. Cristo tornou-Se a propiciação do pecado do homem. Ele ofereceu Sua perfeição de caráter em lugar da pecaminosidade do homem. Tomou sobre Si a maldição da desobediência. Os sacrifícios e ofertas apontavam ao futuro, ao sacrifício que Ele faria. O cordeiro morto tipificava o Cordeiro que tiraria o pecado do mundo. ME1 237 4 Foi o ver o objetivo daquilo que era transitório, o ver Cristo tal como é revelado na lei, que iluminou a face de Moisés. O ministério da lei, escrita e gravada em pedra, era um ministério de morte. Sem Cristo, o transgressor era deixado sob sua maldição, sem nenhuma esperança de perdão. O ministério nenhuma glória possuía em si mesmo, mas o Salvador prometido, revelado nos símbolos e sombras da lei cerimonial, tornou gloriosa a lei moral. ME1 237 5 Paulo desejava que seus irmãos vissem que a grande glória de um Salvador que perdoa o pecado dava sentido a toda a economia judaica. Desejava também que vissem que, quando Cristo veio ao mundo, e morreu como sacrifício do homem, o tipo encontrara o antítipo. ME1 238 1 Depois que Cristo morreu na cruz, como oferta pelo pecado, a lei cerimonial não mais podia ter vigência. Todavia, achava-se ligada à lei moral, e era gloriosa. O todo trazia o sinete da divindade e exprimia a santidade, justiça e retidão de Deus. E se era glorioso o ministério da dispensação que devia terminar, quanto mais não deveria ser gloriosa a realidade, quando Cristo foi revelado, concedendo a todos os que criam Seu Espírito vitalizante e santificador? ME1 238 2 A proclamação da lei dos Dez Mandamentos foi uma exibição maravilhosa da glória e majestade de Deus. Como afetou ao povo essa manifestação de poder? -- Eles tiveram medo. Quando viram "os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando", o povo "retirou-se e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos". Êxodo 20:18-19. Desejavam que Moisés fosse o seu mediador. Não compreendiam que Cristo era seu designado Mediador e que, privados de Sua mediação, certamente seriam consumidos. ME1 238 3 "Disse Moisés ao povo: Não temais, que Deus veio para provar-vos, e para que o Seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis. E o povo estava em pé de longe; Moisés, porém, se chegou à escuridade, onde Deus estava." Êxodo 20:20-21. ME1 238 4 O perdão do pecado, a justificação pela fé em Jesus Cristo, o acesso a Deus unicamente por meio de um Mediador (por causa de sua condição de perdidos), sua culpa e pecado -- destas verdades o povo pouco entendia. Haviam perdido, em grande medida, o conhecimento de Deus e do único modo de aproximarem-se dEle. Haviam perdido quase todo o sentido do que constitui pecado e do que constitui justiça. O perdão do pecado por meio de Cristo, o Messias prometido, a quem suas ofertas representavam, era compreendido apenas vagamente. ME1 238 5 Declarou Paulo: "Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar. E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus sentidos foram endurecidos. Porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Antigo Testamento, o qual [véu] foi por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará." 2 Coríntios 3:12-16. ME1 239 1 Os judeus recusaram-se a aceitar a Cristo como o Messias, e não podem ver que suas cerimônias são sem sentido, que os sacrifícios e ofertas perderam sua significação. O véu com que eles mesmos se cobriram em obstinada incredulidade, está ainda ante seu espírito. Seria removido se aceitassem a Cristo, a justiça da lei. ME1 239 2 Muitos, no mundo cristão, têm também um véu ante os olhos e o coração. Não vêem a terminação do que era transitório. Não vêem que foi tão-somente a lei cerimonial que foi abolida, quando Cristo morreu. Pretendem que a lei moral tenha sido pregada à cruz. Pesado é o véu que lhes obscurece o entendimento. O coração de muitos está em guerra contra Deus. Não se submetem a Sua lei. Unicamente à medida que cheguem à harmonia com a regra de Seu governo, pode Cristo ser-lhes de qualquer valia. Podem falar de Cristo como seu Salvador; Ele, porém, afinal lhes dirá: Não vos conheço. Não exercestes genuíno arrependimento para com Deus, pela transgressão de Sua santa lei, e não podeis ter genuína fé em Mim, pois foi Minha missão exaltar a lei de Deus. Uma transcrição do caráter de Cristo ME1 239 3 Paulo não apresentava nem a lei moral nem a cerimonial, como os pastores em nossos dias se atrevem a fazer. Alguns nutrem tal antipatia para com a lei de Deus, que se dão ao trabalho de denunciá-la e estigmatizá-la. Assim desdenham eles a majestade e glória de Deus e lançam-nas ao desprezo. ME1 239 4 A lei moral jamais foi um tipo ou sombra. Existiu antes da criação do homem, e vigorará enquanto permanecer o trono de Deus. Não podia Deus mudar ou alterar um só preceito de Sua lei a fim de salvar o homem, pois é a lei o alicerce de Seu governo. É imutável, inalterável, infinita e eterna. Para o homem ser salvo, e para ser mantida a honra da lei, foi necessário que o Filho de Deus Se oferecesse como sacrifício pelo pecado. Aquele que não conheceu pecado tornou-Se pecado por amor de nós. Por nós morreu no Calvário. Sua morte demonstra o maravilhoso amor de Deus ao homem, e a imutabilidade de Sua lei. ME1 240 1 No Sermão da Montanha Cristo declarou: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a Terra passem, nem um i ou til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Mateus 5:17-18. ME1 240 2 Cristo suportou a maldição da lei, sofrendo sua pena, levando a término o plano segundo o qual devia o homem ser colocado onde pudesse guardar a lei de Deus e ser aceito graças aos méritos do Redentor; e por Seu sacrifício derramou-se glória sobre a lei. Então a glória daquilo que não é transitório -- a lei de Deus, dos Dez Mandamentos, Sua norma de justiça -- foi claramente vista por todos os que viram o fim daquilo que era transitório. ME1 240 3 "Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." 2 Coríntios 3:18. Cristo é o Advogado do pecador. Os que aceitam Seu evangelho, contemplam-nO de rosto descoberto. Vêem a relação de sua missão para com a lei, e reconhecem a sabedoria e glória de Deus, tais como são reveladas pelo Salvador. A glória de Cristo revela-se na lei, que é uma transcrição de Seu caráter, e Sua transformadora eficácia é sentida na alma, até que os homens se transformem em Sua semelhança. São feitos participantes da natureza divina, e tornam-se mais e mais semelhantes ao seu Salvador, caminhando passo a passo em conformidade com a vontade de Deus, até alcançarem a perfeição. ME1 240 4 A lei e o evangelho estão em perfeita harmonia. Um sustenta o outro. Em toda a sua majestade a lei confronta a consciência, levando o pecador a sentir sua necessidade de Cristo como propiciação do pecado. O evangelho reconhece o poder e imutabilidade da lei. "Eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei", declara Paulo. Romanos 7:7. A intuição do pecado, acentuada pela lei, impele o pecador para o Salvador. Em sua necessidade pode o homem apresentar o poderoso argumento fornecido pela cruz do Calvário. Pode ele reclamar a justiça de Cristo, pois é comunicada a todo pecador arrependido. Diz Deus: "O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora." João 6:37. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. ------------------------Capítulo 33 -- "Examinai as Escrituras" ME1 242 1 É de suma importância que todo ser humano dotado da faculdade do raciocínio compreenda sua relação para com Deus. Em nossas escolas não é estudada cuidadosamente a obra da redenção. Muitos dos estudantes não possuem um verdadeiro conceito do que significa o plano da salvação. A palavra de Deus acha-se empenhada em nosso favor. Aquele que Se comove com o sentimento de nossas fraquezas, convida-nos: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. ME1 242 2 Estudantes, estareis seguros apenas à medida que, em perfeita submissão e obediência, vos unais a Cristo. O jugo é leve, pois Cristo suporta o peso. Ao erguerdes o fardo da cruz, ele se tornará leve; e essa cruz é para vós um penhor de vida eterna. É privilégio de todos seguir alegremente após Cristo, exclamando a todo passo: "A Tua clemência me engrandeceu." 2 Samuel 22:36. Mas se quisermos viajar rumo ao Céu, temos de tomar a Palavra de Deus como nosso guia. Nas palavras da Inspiração devemos ler nossas lições dia a dia. ME1 243 1 Diz o apóstolo Paulo: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou sobremaneira e Lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho." Filipenses 2:5-10. ME1 243 2 A humilhação do Homem Cristo Jesus é incompreensível à mente humana; mas Sua divindade e Sua existência antes que o mundo fosse formado, jamais podem ser postas em dúvida pelos que crêem na Palavra de Deus. O apóstolo Paulo refere-se ao nosso Mediador, o unigênito Filho de Deus que, num estado de glória subsistia na forma de Deus, Comandante de todas os exércitos celestes e que, quando revestiu de humanidade Sua Divindade, tomou sobre Si a forma de servo. Declara Isaías: "Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o Seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o Seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre." Isaías 9:6-7. ME1 243 3 Consentindo em tornar-Se homem, Cristo manifestou uma humildade que constitui a maravilha dos seres celestiais. O ato de consentir em Se tornar homem não seria humilhação, não fosse a exaltada preexistência de Cristo. Temos de abrir nosso entendimento a fim de compreender que Cristo pós de lado Suas vestes reais, Sua real coroa, Seu alto comando, e revestiu de humanidade a Sua divindade, a fim de que pudesse ir ao encontro do homem onde este se achava, e trazer à família humana o poder moral necessário para tornarem-se filhos e filhas de Deus. Para redimir o homem, Cristo tornou-Se obediente até à morte, e morte de cruz. ME1 244 1 A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real; deu prova de Sua humildade, tornando-Se homem. Entretanto, era Ele Deus na carne. Quando abordamos este assunto, bem faremos em levar a sério as palavras dirigidas por Cristo a Moisés, junto à sarça ardente: "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." Êxodo 3:5. Devemos aproximar-nos deste estudo com a humildade de um discípulo, de coração contrito. E o estudo da encarnação de Cristo é campo frutífero, que recompensará o pesquisador que cave fundo em busca de verdades ocultas. As Escrituras -- nosso guia ME1 244 2 A Bíblia é nosso guia nas seguras veredas que levam à vida eterna. Deus inspirou os homens para escreverem aquilo que nos apresente a verdade, que nos atraia e que, se for praticado, habilitará o recebedor a obter poder moral que o colocará entre os espíritos mais altamente educados. Expandir-se-á a mente de todos os que fazem da Palavra de Deus seu estudo. Muito mais do que qualquer outro estudo, este é de natureza a aumentar as faculdades de compreensão, e dotar com novo vigor todas as faculdades. Põe a mente em contato com os amplos e enobrecedores princípios da Verdade. Leva-nos em íntima relação com todo o Céu, comunicando sabedoria, e conhecimento e compreensão. ME1 244 3 Tratando com produções comuns, e alimentando-se de escritos de homens não inspirados, a mente torna-se atrofiada e vulgar. Não é posta em contato com os profundos e amplos princípios da verdade eterna. O entendimento adapta-se inconscientemente à compreensão das coisas com as quais se familiariza; e na consideração dessas coisas o entendimento se enfraquece, contraem-se suas faculdades. ME1 244 4 É desígnio de Deus que as Escrituras, fonte da ciência que paira acima de toda teoria humana, seja esquadrinhada. Deseja Ele que o homem cave fundo nas minas da verdade, para que alcance o valioso tesouro que encerram. Mas muitas vezes as teorias e a sabedoria dos homens são postas em lugar da ciência da Bíblia. Empenham-se os homens na obra de remodelar os desígnios de Deus; procuram fazer distinção entre os livros da Bíblia. Por meio de suas invenções fazem as Escrituras testificarem de uma mentira. A exata necessidade do ser humano ME1 245 1 Não fez Deus depender o recebimento do evangelho do raciocínio humano. O evangelho adapta-se a ser alimento espiritual, a satisfazer o apetite espiritual do homem. Em todos os casos é justamente o que o homem precisa. Os que têm julgado necessário que os alunos de nossas escolas estudem muitos autores, são eles mesmos os mais desconhecedores quanto aos grandes temas da Bíblia. Os professores mesmos precisam tomar o Livro de todos os livros, e aprender das Escrituras que o evangelho tem poder para provar sua própria divindade ao espírito humilde e contrito. ME1 245 2 O evangelho é o poder de Deus e a sabedoria de Deus. O caráter de Cristo na Terra revelava divindade, e o evangelho por Ele dado deve ser o estudo de Sua herança humana em todos os seus departamentos educacionais, até que professores, crianças e jovens distingam no único Deus vivo e verdadeiro o objetivo de sua fé e amor e adoração. Deve a Palavra ser respeitada e obedecida. Esse Livro que contém o registro da vida de Cristo, de Sua obra, Suas doutrinas, Seus sofrimentos e triunfos finais, deve ser a fonte de nossa força. São-nos concedidos privilégios de uma vida escolar neste mundo, a fim de que possamos alcançar a habilitação para a vida mais elevada -- o mais alto grau na mais alta escola, onde, sob as vistas de Deus, nossos estudos continuarão através dos intérminos séculos da eternidade. ------------------------Capítulo 34 -- "O Verbo se fez carne" ME1 246 1 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam." "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:1-5, 14. ME1 246 2 Este capítulo esboça o caráter e importância da obra de Cristo. Como quem compreende o seu assunto, João atribui a Cristo todo o poder e fala de Sua grandeza e majestade. Despede ele raios divinos de preciosa verdade, como luz do Sol. Apresenta a Cristo como único Mediador entre Deus e a humanidade. ME1 246 3 A doutrina da encarnação de Cristo na carne humana é um mistério, "o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações". Colossences 1:26. É o grande e profundo mistério da piedade. "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós." João 1:14. Cristo tomou sobre Si a natureza humana, natureza inferior a Sua natureza celestial. Coisa alguma poderia, como esta, mostrar a maravilhosa condescendência de Deus. Ele "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito". João 3:16. João apresenta esse maravilhoso assunto com tal simplicidade que todos podem apreender as idéias expostas e ser esclarecidos. ME1 247 1 Cristo não fingiu assumir a natureza humana; Ele de fato a tomou sobre Si. Em realidade possuiu a natureza humana. "Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas." Hebreus 2:14. Era Ele o Filho de Maria; era da semente de Davi segundo a descendência humana. É declarado ser Ele homem, o Homem Cristo Jesus. "Ele é tido", escreve Paulo, "por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou." Hebreus 3:3. A preexistência de Cristo ME1 247 2 Mas ao mesmo tempo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando aqui na Terra, também fala ela positivamente em Sua preexistência. A Palavra existiu como ser divino, a saber, o eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade era Ele o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, se O aceitassem, seriam benditos. "O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes de serem criados homens ou anjos, a Palavra [ou Verbo] estava com Deus, e era Deus. ME1 247 3 O mundo foi feito por Ele, "e sem Ele nada do que foi feito se fez". João 1:3. Se Cristo fez todas as coisas, existiu Ele antes de todas as coisas. As palavras faladas com respeito a isso são tão positivas que ninguém precisa deixar-se ficar em dúvida. Cristo era, essencialmente e no mais alto sentido, Deus. Estava Ele com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendito para todo o sempre. ME1 247 4 O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos", declara Ele, "e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor a face do abismo." Provérbios 8:22-27. ME1 248 1 Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes de terem sido lançados os fundamentos do mundo. Esta é a luz que brilhava em lugar escuro, fazendo-o resplender com a divina glória original. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si, explica outros mistérios e verdades de outro modo inexplicáveis, ao mesmo tempo que se reveste de luz inacessível e incompreensível. ME1 248 2 "Antes que os montes nascessem, ou que Tu formasses a Terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, Tu és Deus." Salmos 90:2. "O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou." Mateus 4:16. Aqui se apresentam a preexistência de Cristo e o propósito de Sua manifestação ao mundo, como raios vivos de luz do trono eterno. "Agora ajunta-te em esquadrões, ó filha de esquadrões; pôr-se-á cerco contra nós: ferirão com a vara no queixo ao juiz de Israel. E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti Me sairá O que será Senhor em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Miqueias 5:1-2. ME1 248 3 "Nós pregamos a Cristo crucificado", declarou Paulo, "que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus." 1 Coríntios 1:23-24. Um mistério ME1 249 1 Que Deus assim Se manifestasse na carne é na verdade um mistério; e sem o auxílio do Espírito Santo não podemos esperar compreender este assunto. A mais humilhante lição que o homem tem de aprender é a nulidade da sabedoria humana, e a loucura de procurar, por seus próprios esforços desajudados, encontrar a Deus. Poderá ele exercer ao máximo suas faculdades intelectuais, poderá possuir o que o mundo chama uma educação superior, todavia pode ainda ser ignorante aos olhos de Deus. Os filósofos antigos jactavam-se de sua sabedoria; quanto, porém, pesava ela na balança de Deus? Salomão possuía grande erudição; mas essa sabedoria era loucura, pois não soube permanecer na independência moral, livre de pecado, na força de um caráter moldado segundo a semelhança divina. Salomão contou-nos o resultado de suas pesquisas, seus esforços penosos, suas perseverantes indagações. Declara ter sido vaidade sua sabedoria. ME1 249 2 O mundo não conheceu a Deus pela sabedoria. Sua estimação do caráter divino, seu conhecimento imperfeito dos atributos divinos, não ampliaram nem expandiram seu conceito mental. Sua mente não se enobreceu em conformidade com a vontade divina, mas precipitaram-se na mais crassa idolatria. "Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis." Romanos 1:22-23. Este é o valor de todos os requisitos e conhecimentos à parte de Cristo. ME1 249 3 "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida", diz Cristo. "Ninguém vem ao Pai senão por Mim." João 14:6. Cristo Se acha investido de poder para dar vida a todas as criaturas. "Assim como o Pai, que vive, Me enviou", diz Ele, "e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim." "O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:57, 63. Não Se refere Cristo aqui a Sua doutrina, mas a Sua pessoa, à divindade de Seu caráter. "Em verdade, em verdade vos digo", diz Ele ainda, "que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em Si mesmo. E deu-Lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem." João 5:25-27. O significado do nascimento de Cristo ME1 250 1 Deus e Cristo sabiam, desde o princípio, da apostasia de Satanás e da queda de Adão mediante o poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para remir a raça caída, para dar-lhe outra oportunidade. Cristo foi designado para o cargo de Mediador da criação de Deus, destinado desde a eternidade a ser nosso substituto e penhor. Antes que o mundo fosse feito, estava combinado que a divindade de Cristo fosse envolta na humanidade. "Corpo Me preparaste", diz Cristo. Hebreus 10:5. Mas Ele não veio em forma humana antes que tivesse chegado a plenitude do tempo. Então veio ao nosso mundo, como Bebê em Belém. ME1 250 2 A ninguém nascido no mundo, nem mesmo ao mais prendado dos filhos de Deus, já foi concedida semelhante demonstração de regozijo como a que saudou o Infante nascido em Belém. Anjos de Deus entoaram Seus louvores sobre as colinas e planícies de Belém. "Glória a Deus nas alturas", cantavam eles, "paz na Terra, boa vontade para com os homens." Lucas 2:14. Oh! que hoje a família humana reconhecesse este cântico! A declaração então feita, a nota ferida então, o tom iniciado, hão de avolumar-se e estender-se até ao fim do tempo, e ressoar até aos confins da Terra. É glória a Deus, é paz na Terra, é boa vontade aos homens. Quando surgir o Sol da justiça, com salvação debaixo das asas, o hino então iniciado nas colinas de Belém ressoará pela voz de grande multidão, como a voz de muitas águas, dizendo: "Aleluia: pois já o Senhor Deus Todo-poderoso reina." Apocalipse 19:6. ME1 250 3 Por Sua obediência a todos os mandamentos de Deus, Cristo operou a redenção do homem. Não fez isso transferindo-Se para outro, mas tomando em Si a humanidade. Assim Cristo deu à humanidade uma existência provinda dEle mesmo. Levar a humanidade a Cristo, levar a raça caída à unidade com a divindade, tal é a obra da redenção. Cristo tomou a natureza humana a fim de que pudessem os homens ser um com Ele, como Ele é um com o Pai, a fim de que Deus possa amar ao homem como ama Seu Filho unigênito, e os homens possam ser participantes da natureza divina, e ser completos nEle. ME1 251 1 O Espírito Santo, que procede do unigênito Filho de Deus, une o instrumento humano -- corpo, alma e espírito -- à perfeita natureza divino-humana de Cristo. Esta união é representada pela união da videira e seus ramos. O homem finito une-se à varonilidade de Cristo. Por meio da fé a natureza humana assimila a natureza de Cristo. Somos feitos um com Deus em Cristo. ------------------------Capítulo 35 -- "Como nós, em tudo foi tentado" ME1 252 1 Depois da queda do homem, Satanás declarou que os seres humanos tinham-se provado incapazes de guardar a lei de Deus, e procurou arrastar consigo o Universo, nessa crença. As palavras de Satanás pareciam verdadeiras, e Cristo veio para desmascarar o enganador. A Majestade do Céu empreendeu a causa do homem e, com os mesmos recursos que o homem pode alcançar, resistiu às tentações de Satanás, como o homem tem de a elas resistir. Esta era a única maneira em que o homem caído podia tornar-se participante da natureza divina. Tomando sobre Si a natureza humana, Cristo Se achou habilitado a compreender as provas e tristezas do homem, e todas as tentações que o rodeiam. Anjos, que não conheciam o pecado, não podiam simpatizar com o homem em suas provações peculiares. Cristo condescendeu em tomar a natureza do homem, e como nós em tudo foi tentado, a fim de que soubesse como socorrer a todos os tentados. ME1 252 2 Assumindo a humanidade, Cristo tomou a parte de todo ser humano. Era Ele a Cabeça da humanidade. Ser divino e humano, com Seu longo braço humano podia enlaçar a humanidade, enquanto com Seu braço divino podia alcançar o trono do Infinito. ME1 253 1 Que cena esta, para ser contemplada pelo Céu! Cristo, que não conhecia o mínimo vestígio de pecado ou contaminação, tomar nossa natureza em seu estado deteriorado. Isto foi humilhação maior do que o homem finito pudesse compreender. Deus manifestou-Se em carne. Humilhou-Se. Que assunto para o pensamento, para profunda e sincera contemplação! Tão infinitamente grande que era a Majestade do Céu, e contudo desceu tão baixo, sem perder um átomo de Sua dignidade e glória! Baixou à pobreza e ao mais profundo abatimento entre os homens. Por nossa causa fez-Se pobre, para que nós por Sua pobreza enriquecêssemos. "As raposas têm covis", disse Ele, "e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." Mateus 8:20. ME1 253 2 Cristo submeteu-Se ao insulto e zombaria, desprezo e ridículo. Ouviu Sua mensagem, cheia de amor e bondade e misericórdia, falseada e mal aplicada. Ouviu chamaram-nO príncipe dos demônios, porque testificava de Sua filiação divina. Seu nascimento foi sobrenatural, mas por Sua própria nação -- os que haviam cegado os olhos para as coisas espirituais -- foi considerado uma mancha e ignomínia. Não houve uma só gota de nossa amarga miséria que Ele não provasse, parte alguma de nossa maldição que Ele não sofresse a fim de que pudesse levar a Deus muitos filhos e filhas. ME1 253 3 O fato de ter Jesus estado na Terra como um Varão de dores, experimentado em trabalhos, e de ter deixado Seu lar celestial para salvar da ruína eterna o homem caído, deveria lançar ao pó todo o nosso orgulho, envergonhar toda a nossa vaidade, e revelar-nos o pecado da presunção. Ei-Lo tornando seus próprios as necessidades, as provas, as tristezas e sofrimentos dos homens pecadores. Não poderemos assimilar a lição de que Deus suportou esses sofrimentos e feridas de alma em conseqüência do pecado? ME1 253 4 Cristo veio à Terra, tomando sobre Si a humanidade e constituindo-Se representante do homem, para mostrar, no conflito com Satanás, que o homem, tal como Deus o criou, unido ao Pai e ao Filho, poderia obedecer a todo reclamo divino. Falando através de Seu servo declara Ele: "Os Seus mandamentos não são pesados." 1 João 5:3. Foi o pecado que separou de Deus o homem, e é o pecado que mantém esta separação. A profecia no Éden ME1 254 1 A inimizade à qual se refere a profecia feita no Éden, não devia limitar-se unicamente a Satanás e ao Príncipe da vida. Devia ser universal. Satanás e seus anjos deviam sentir a inimizade de toda a humanidade. "Porei inimizade", disse Deus, "entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua Semente; Esta te ferirá a cabeça, e tu Lhe ferirás o calcanhar." Gênesis 3:15. ME1 254 2 A inimizade posta entre a semente da serpente e a Semente da mulher foi sobrenatural. Com Cristo a inimizade era em certo sentido natural; em outro sentido foi sobrenatural, visto combinarem-se humanidade e divindade. E nunca se desenvolveu a inimizade a ponto tão notável como quando Cristo Se tornou habitante da Terra. Nunca dantes houvera na Terra um ser que odiasse o pecado com ódio tão perfeito como Cristo. Vira Ele o seu poder enganador e obcecante sobre os santos anjos, e arregimentou contra ele todas as Suas faculdades. ME1 254 3 A pureza e santidade de Cristo, a imaculada justiça dAquele que não pecou, era uma perpétua acusação a todo o pecado, num mundo de sensualidade e pecado. Em Sua vida a luz da verdade brilhou em meio das trevas morais nas quais Satanás envolvera o mundo. Cristo expôs as falsidades e o caráter enganador de Satanás, e em muitos corações destruiu sua influência corruptora. Foi isto que incitou em Satanás tão intenso ódio. Com seus exércitos de seres caídos resolveu ele insistir com a luta mui vigorosamente, pois havia no mundo Alguém que era perfeito Representante do Pai, Alguém cujo caráter e prática refutavam as falsas representações que Satanás fazia de Deus. Satanás atribuiu a Deus as qualidades por ele mesmo possuídas. Agora em Cristo via ele Deus revelado em Seu verdadeiro caráter -- Pai compassivo e misericordioso, não querendo que ninguém se perca, mas que todos se cheguem a Ele, arrependidos, e tenham vida eterna. ME1 254 4 O intenso mundanismo tem sido uma das mais bem-sucedidas tentações de Satanás. Empenha-se ele em conservar o coração e espírito dos homens tão possuídos das atrações mundanas que não haja lugar para coisas celestiais. Ele lhes controla a mente, em seu amor do mundo. As coisas terrenas eclipsam as celestiais, e põem o Senhor fora de sua vista e seu entendimento. Teorias falsas e falsos deuses são acariciados em lugar dos verdadeiros. Os homens ficam encantados com os ouropéis do mundo. Acham-se tão presos às coisas da Terra que muitos cometem todo e qualquer pecado para conseguir alguma vantagem mundana. ME1 255 1 Foi neste ponto que Satanás pretendeu vencer a Cristo. Pensou que, em Sua humanidade, pudesse Ele ser vencido facilmente. "Novamente O transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-Lhe: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares." Mateus 4:8-9. Cristo, porém, ficou inabalável. Sentiu a força dessa tentação; mas em nosso favor resistiu a ela, e venceu. E Ele só Se serviu das armas que os seres humanos estão em condições de usar -- a palavra dAquele que é poderoso em conselho -- "Está escrito". Mateus 4:4, 10. ME1 255 2 Com que intenso interesse foi essa luta observada pelos anjos celestiais e os mundos não caídos, quando estava sendo reivindicada a honra da lei! Não meramente para este mundo, mas para o Universo do Céu, devia ser para sempre liquidado o conflito. A confederação das trevas estava também observando, para ver se porventura havia uma perspectiva de triunfo sobre o divino e humano Substituto da raça humana, a fim de que o apóstata pudesse exclamar: "Vitória!" e o mundo e seus habitantes se tornassem para sempre o seu reino. ME1 255 3 Mas Satanás alcançou apenas o calcanhar; não pôde tocar a cabeça. Por ocasião da morte de Cristo, Satanás viu que estava derrotado. Viu que seu verdadeiro caráter foi claramente revelado diante de todo o Céu, e que os seres celestiais e os mundos que Deus criara estariam inteiramente do lado de Deus. Viu ele que suas perspectivas de influência futura junto deles seriam completamente eliminadas. A humanidade de Cristo demonstraria através dos séculos eternos a questão que liquidou o litígio. A ausência de pecado na natureza humana de Cristo ME1 256 1 Tomando sobre Si a natureza humana em seu estado decaído, Cristo não participou, no mínimo que fosse, do seu pecado. Era sujeito às debilidades e fraquezas que atribulam o homem, "para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças". Mateus 8:17. Ele foi tocado com a sensação de nossas fraquezas, e em tudo foi tentado como nós. E todavia não conheceu pecado. Era o Cordeiro "imaculado e incontaminado". 1 Pedro 1:19. Pudesse Satanás, no mínimo particular, ter levado Cristo a pecar e teria esmagado a cabeça do Salvador. Como se deu, apenas pôde tocar-Lhe o calcanhar. Tivesse sido tocada a cabeça de Cristo, e teria perecido a esperança da raça humana. A ira divina teria sobrevindo a Cristo, como sobreveio a Adão. Cristo e a igreja teriam ficado sem esperança. ME1 256 2 Não devemos ter dúvidas acerca da perfeita ausência de pecado na natureza humana de Cristo. Nossa fé deve ser uma fé inteligente, olhando para Jesus com perfeita confiança, com plena e inteira fé no Sacrifício expiador. Isto é necessário para que a alma não seja envolvida em trevas. Esse santo Substituto é capaz de salvar perfeitamente; pois Ele apresentou, ao maravilhoso Universo, perfeita e completa humildade em Seu caráter humano, e perfeita obediência a todas as reivindicações de Deus. Poder divino é dado ao homem, para que ele possa tornar-se participante da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Por isso é que o homem arrependido e crente pode tornar-se a justiça de Deus em Cristo. ------------------------Capítulo 36 -- Para Cristo não há diferenças sociais ME1 257 1 O mais elevado anjo do Céu não tinha poder para pagar o resgate de uma só alma perdida. Querubins e serafins só têm a glória com a qual são dotados pelo Criador, como Suas criaturas que são, e a reconciliação do homem com Deus só podia ser realizada mediante um Mediador que fosse igual a Deus, possuísse atributos que dignificassem, e o declarassem digno de tratar com o infinito Deus em favor do homem, e também representasse Deus a um mundo caído. O substituto e penhor do homem tinha de ter a natureza do homem, ligação com a família humana a quem devia representar, e, como embaixador de Deus, devia participar da natureza divina, ter ligação com o Infinito, a fim de manifestar Deus ao mundo, e ser mediador entre Deus e o homem. ME1 257 2 Estas qualificações só se encontravam em Cristo. Revestindo de humanidade a Sua divindade, veio Ele à Terra para ser chamado Filho do homem e Filho de Deus. Era o penhor do homem, embaixador de Deus -- o penhor para que o homem pela justiça dEle em seu favor satisfizesse as reivindicações da lei, e representante de Deus, para tornar manifesto o Seu caráter a uma raça caída. ME1 258 1 O Redentor do mundo possuía o poder de atrair homens a Si, acalmar-lhes os temores, espancar-lhes as sombras, inspirar-lhes esperança e ânimo, habilitá-los a crer na boa vontade de Deus para recebê-los, graças aos méritos do Substituto divino. Como objetos do amor de Deus, devemos ser-Lhe sempre gratos por termos um mediador, um advogado, um intercessor nos tribunais celestiais, o qual intercede por nós perante o Pai. ME1 258 2 Temos tudo que poderíamos pedir, para nos inspirar fé e confiança em Deus. Nas cortes terrestres, quando um rei quer dar seu maior penhor para provar aos homens a sua veracidade, dá ele seu filho como refém, para ser resgatado quando do cumprimento de sua promessa; e, vede que penhor da fidelidade do Pai! -- pois quando Ele quis assegurar aos homens a imutabilidade de Seu conselho, deu Ele Seu Filho unigênito, para que viesse à Terra, a fim de tomar a natureza do homem, não só pelos breves anos da vida, mas para reter sua natureza nas cortes celestes, como eterno penhor da fidelidade de Deus. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do amor de Deus! "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. ME1 258 3 Pela fé em Cristo tornamo-nos membros da família real, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. Em Cristo somos um. Ao avistarmos o Calvário, e vermos o real Sofredor que com a natureza do homem suportou a maldição da lei em seu favor, acabam todas as distinções nacionais, todas as diferenças sectárias; desaparece toda a honra de posição social, todo o orgulho. ME1 258 4 A luz que brilha do trono de Deus sobre a cruz do Calvário põe para sempre fim às separações erguidas pelo homem entre classe e raça. Homens de todas as classes tornam-se membros de uma só família, filhos do celeste Rei, não por meio de poder terrestre, mas mediante o amor de Deus que entregou Jesus a uma vida de pobreza, trabalhos e humilhação, a uma morte de ignomínia e agonia, para que pudesse levar para a glória muitos filhos e filhas. ME1 258 5 Não é a posição, nem a finita sabedoria, nem as habilitações, nem os dotes de qualquer pessoa que a tornam elevada na estima de Deus. O intelecto, a razão, os talentos dos homens, são dons de Deus para serem empregados para Sua glória, para edificação de Seu reino eterno. É o caráter espiritual e moral que é de valor à vista do Céu, e que sobreviverá à sepultura e possuirá a glória da imortalidade, através dos séculos intérminos da eternidade. A realeza mundana, tão altamente honrada pelos homens, jamais ressurgirá da sepultura para a qual vai. Riquezas, honra, sabedoria dos homens, que serviram aos propósitos do inimigo, não podem dar aos seus possuidores herança, nem honra, nem posição de confiança no mundo por vir. Unicamente os que apreciaram a graça de Cristo, que os tornou herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus, ressurgirão da sepultura trazendo a imagem de seu Redentor. ME1 259 1 Todos os que forem achados dignos de serem contados entre os membros da família de Deus no Céu, reconhecer-se-ão mutuamente como filhos e filhas de Deus. Reconhecerão que todos recebem sua força e perdão da mesma fonte, do próprio Jesus Cristo, que pelos seus pecados foi crucificado. Sabem que devem lavar em Seu sangue as vestes do caráter, para ter aceitação perante o Pai em Seu nome, se quiserem estar na brilhante assembléia dos santos, trajando as brancas vestes de justiça. Um em Cristo ME1 259 2 Portanto, sendo os filhos de Deus um em Cristo, como considera Jesus as classes, as distinções sociais, a separação do homem de seus semelhantes, por causa da cor, da raça, posição, riqueza, nascimento ou realizações? O segredo da unidade encontra-se na igualdade entre os crentes em Cristo. A razão de todas as divisões, discórdias e diferenças encontra-se na separação de Cristo. Cristo é o centro para o qual todos devem ser atraídos; pois quanto mais nos aproximamos do centro, tanto mais nos aproximaremos uns dos outros em sentimento, em simpatia, em amor, crescendo no caráter e imagem de Jesus. Para Deus não há acepção de pessoas. ME1 259 3 Jesus conhecia o nenhum valor das pompas terrestres, e não dava atenção a sua ostentação. Em Sua dignidade de alma, Sua elevação de caráter, Sua nobreza de princípio, estava Ele muito acima dos vãos costumes do mundo. Embora o profeta O descreva como "desprezado, e o mais indigno entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos" (Isaías 53:3), poderia Ele ter sido estimado como o mais elevado entre os nobres da Terra. Os melhores círculos da sociedade humana tê-Lo-iam cortejado, se Ele tivesse condescendido em aceitar o seu favor, mas não desejava os aplausos dos homens, e agia independente de toda a influência humana. Riqueza, posição, categoria mundana em todas as suas variedades e distinções de grandeza humana, eram tudo outros tantos graus de pequenez para Aquele que deixara as honras e a glória do Céu, e que não possuía brilho terrestre, não condescendia com luxo algum e não ostentava adorno senão a humildade. ME1 260 1 Os humildes, os presos à pobreza, premidos por cuidados, sobrecarregados de trabalhos, não encontravam em Sua vida razão e exemplo que os levasse a pensar que Jesus não fosse experimentado em suas provas, não conhecesse a pressão de suas circunstâncias, e não Se compadecesse deles em suas necessidades e tristezas. A modéstia de Sua humilde vida diária estava em harmonia com Seu humilde nascimento e circunstâncias. O Filho do Deus infinito, senhor da vida e da glória, desceu em humilhação à vida dos mais baixos, a fim de que ninguém se sentisse excluído de Sua presença. Tornou-Se Ele acessível a todos. Não selecionava uns poucos favorecidos, para com eles Se associar, passando por alto os demais. Quando o conservadorismo exclui os homens de seus semelhantes, especialmente quando esse conservadorismo se encontra entre os que professam ser filhos de Deus, isto entristece ao Espírito divino. ME1 260 2 Cristo veio para dar ao mundo um exemplo do que poderia ser a humanidade perfeita, quando unida à divindade. Apresentou ao mundo um novo aspecto de grandeza em Sua exibição de misericórdia, compaixão e amor. Deu aos homens uma nova interpretação de Deus. Como Criador da humanidade, ensinou aos homens lições na ciência do governo divino, pelas quais revelou a razão da reconciliação entre a misericórdia e a justiça. Esta reconciliação não envolvia nenhum compromisso com o pecado, nem passava por alto nenhuma reivindicação da justiça; mas dando a cada atributo divino o lugar que lhe era ordenado, pôde a misericórdia ser exercida na punição do homem pecador e impenitente, sem destruir a sua clemência nem perder seu caráter compassivo, e pôde ser exercida a justiça em perdoar ao transgressor arrependido, sem violar a integridade dela. Cristo nosso sumo sacerdote ME1 261 1 Tudo isso se pôde dar por ter Cristo assumido a natureza do homem e participado dos atributos divinos, e plantado Sua cruz entre a humanidade e a divindade, fazendo uma ponte sobre o abismo que separava de Deus o pecador. ME1 261 2 "Porque, na verdade, Ele não tomou os anjos [Ele não tomou sobre Si a natureza dos anjos, diz outra tradução], mas tomou a descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." Hebreus 2:16-18. ME1 261 3 "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." Hebreus 4:15. ME1 261 4 "Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados; e possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados; pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza. E por esta causa deve ele, tanto pelo povo, como também por si mesmo, fazer oferta pelos pecados. E ninguém toma para si esta honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão. Assim também Cristo Se não glorificou a Si mesmo, para Se fazer sumo sacerdote, mas Aquele que Lhe disse: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei. Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. O qual, nos dias da Sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que O podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo Ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que Lhe obedecem." Hebreus 5:1-9. ME1 262 1 Jesus veio para trazer poder moral, a fim de que este se unisse ao esforço humano, e em caso algum devem os Seus seguidores permitir-se perder de vista a Cristo, que é seu exemplo em todas as coisas. Disse Ele: "Por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." João 17:19. Jesus apresenta a verdade perante Seus filhos para que a possam contemplar e, contemplando-a, tornar-se transformados, pela Sua graça, da transgressão para a obediência, da impureza para a pureza, do pecado para a santidade do coração e justiça da vida. Classe especial no céu ME1 262 2 Alguns dentre os remidos terão aceito a Cristo nas últimas horas da vida, e no Céu será ministrada instrução aos que, ao morrer, não compreendiam perfeitamente o plano da salvação. Cristo guiará os remidos para junto do rio da vida, e revelar-lhes-á aquilo que, quando na Terra, não puderam compreender. -- Carta 203, 1905. ------------------------Capítulo 37 -- "Eu também vos envio" ME1 263 1 "Assim como o Pai Me enviou, Eu também vos envio." João 20:21. Nós devemos apresentar, da verdade como é em Jesus, um testemunho tão definido, como fizeram Cristo e Seus apóstolos. Confiando na eficiência do Espírito Santo, devemos testificar da misericórdia, bondade e amor de um Salvador crucificado e ressurgido, e ser assim instrumentos por meio dos quais sejam espancadas as trevas de muitos espíritos, fazendo com que ações de graças e louvor ascendam a Deus, de muitos corações. Há uma grande obra a ser feita por todo filho e filha de Deus. Diz Jesus: "Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre." João 14:15-16. Em Sua oração por Seus discípulos, diz Ele que não orava apenas pelos que estavam em Sua presença imediata, mas também "por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim". João 17:20. Outra vez disse Ele: "Ouvistes que Eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se Me amásseis, certamente exultaríeis por ter dito: Vou para o Pai; porque o Pai é maior do que Eu." João 14:28. Assim vemos que Cristo orou por Seu povo e lhes fez abundantes promessas para lhes assegurar êxito, como Seus cooperadores que eram. Disse Ele: "Fará maiores [obras] do que estas [as que Ele fazia]; porque Eu vou para Meu Pai." João 14:12. ME1 264 1 Oh! que privilégios inauditos pertencem aos que são crentes e praticantes das palavras de Cristo! É o conhecimento de Cristo como O que tomou sobre Si os pecados, como propiciação de nossas iniqüidades, o que nos habilita a viver uma vida de santidade. Este conhecimento é a garantia da felicidade da família humana. Satanás sabe que, sem este conhecimento, seríamos lançados em confusão e despojados de nossa força. Desapareceria nossa fé em Deus, e seríamos deixados como presa de todo artifício do inimigo. Elaborou ele planos sutis, para destruir o homem. É seu propósito lançar sua sombra infernal, qual mortalha, entre Deus e o homem, a fim de que possa ocultar de nossa vista a Jesus, de modo que nos possa levar a esquecer o ministério de amor e misericórdia, barrando-nos maiores conhecimentos do grande amor e poder de Deus em relação a nós, e interceptando todo raio de luz do Céu. ME1 264 2 Cristo, unicamente, era capaz de representar a Divindade. Aquele que esteve na presença do Pai desde o princípio, Aquele que era a expressa imagem do Deus invisível, era o único suficiente para realizar essa obra. Nenhuma descrição verbal poderia revelar Deus ao mundo. Mediante uma vida de pureza, vida de perfeita confiança e submissão à vontade de Deus, vida de humilhação da qual mesmo o mais alto serafim celestial teria recuado, o próprio Deus tinha de ser revelado à humanidade. Para isso fazer, nosso Salvador revestiu de humanidade a Sua divindade. Empregou as faculdades humanas, pois unicamente adotando-as poderia ser compreendido pela humanidade. Unicamente a humanidade poderia alcançar a humanidade. Ele viveu o caráter de Deus através do corpo humano que Deus Lhe preparara. Abençoou Ele o mundo, vivendo na carne humana a vida de Deus, mostrando assim ter o poder de unir a humanidade à divindade. Nossa missão por Cristo ME1 264 3 Disse Cristo: "Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar." Mateus 11:27. Oh! quão vagamente é compreendida a exaltada obra do Filho de Deus! Tinha Ele nas mãos a salvação do mundo. A comissão confiada aos apóstolos é também dada aos Seus seguidores deste século: "Em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém." Lucas 24:47. Nosso Salvador tem "todo o poder no Céu e na Terra" (Mateus 28:18), e esse poder nos é prometido. "Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra." Atos 1:8. ME1 265 1 Embora uma igreja se componha de pessoas pobres e iletradas e desconhecidas, se elas forem membros de fé e oração, sua influência será sentida através do tempo e da eternidade. Se saírem possuídos de fé singela, confiantes nas promessas da Palavra de Deus, poderão realizar grande bem. Se fizerem brilhar sua luz, Cristo neles será glorificado e serão promovidos os interesses de Seu reino. Se tiverem uma intuição de sua responsabilidade individual para com Deus, buscarão oportunidades para trabalhar, e resplandecerão como luzes no mundo. Serão exemplos de sinceridade e de zeloso fervor em executar os planos de Deus para a salvação de almas. Os pobres, os iletrados podem, se quiserem, tornar-se estudantes na escola de Cristo, e Ele lhes ensinará a verdadeira sabedoria. A vida de mansa e infantil confiança, de verdadeira piedade, de religião verdadeira, será eficaz em sua influência sobre os outros. As pessoas altamente educadas têm a tendência de confiar mais em seus conhecimentos livrescos do que em Deus. Muitas vezes não buscam o conhecimento dos caminhos de Deus mediante a luta fervorosa com Ele na oração secreta, apoderando-se, pela fé, das promessas divinas. Os que receberam a unção divina sairão, com um espírito semelhante ao de Cristo, buscando oportunidade para manter conversa com outros e revelar-lhes o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou, conhecer o qual é vida eterna. Tornar-se-ão epístolas vivas, revelando à humanidade a Luz do mundo. ME1 266 1 Deu Cristo "a cada um a sua obra". Marcos 13:34. Espera Ele que todo homem faça com fidelidade a obra que lhe toca. Elevados e humildes, ricos e pobres, todos têm uma obra a fazer pelo Mestre. Todos são conclamados para a ação. Se, porém, não obedecerdes à voz do Senhor, se não fizerdes a obra por Ele designada, com firme confiança em Cristo como vossa suficiência, se não seguirdes o Seu exemplo, será registrada junto de vosso nome a sentença "mau e negligente servo". A menos que a luz que vos foi concedida seja comunicada a outros, a menos que façais resplandecer vossa luz, ela se extinguirá em trevas, e vossa alma quedará em tremendo perigo. Diz Deus a todo aquele que conhece a verdade: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. Comunicai aos outros o conhecimento da verdade. Este é o plano de Deus para iluminar o mundo. Se não ficardes no lugar que vos é designado, se não fizerdes resplandecer vossa luz, ficareis envoltos em trevas. Deus pede a todos os filhos e filhas da família celestial que estejam plenamente equipados, de modo que a qualquer tempo possam incorporar-se às fileiras prontas para a ação. O coração enternecido e tornado compassivo pelo amor de Jesus encontrará as preciosas pérolas destinadas ao escrínio do Senhor Jesus. ------------------------Capítulo 38 -- A tentação de Cristo ME1 267 1 Cristo, no ermo deserto, não Se achava em posição tão favorável para resistir às tentações de Satanás, como Adão quando foi tentado no Éden. O Filho de Deus humilhou-Se e tomou a natureza humana, depois de haver a raça vagueado quatro mil anos fora do Éden e do seu estado original de pureza e retidão. O pecado tinha imposto seus terríveis estigmas ao gênero humano, por séculos; e a degenerescência física, mental e moral prevalecia por toda a família humana. ME1 267 2 Quando Adão, no Éden, foi assaltado pelo tentador, estava ele sem a mancha do pecado. Subsistia diante de Deus na força de sua perfeição. Todos os órgãos e faculdades de seu ser achavam-se desenvolvidos uniformemente, equilibrados e harmônicos. ME1 267 3 Cristo, no deserto da tentação, ficou no lugar de Adão para suportar a prova a que ele deixou de resistir. Ali Cristo venceu em lugar do pecador, quatro mil anos depois de Adão volver costas à luz de seu lar. Separada da presença de Deus, a família humana, a cada geração sucessiva, estivera se afastando mais e mais, da pureza, sabedoria e conhecimento originais, que Adão possuía no Éden. Cristo suportou os pecados e fraquezas da raça humana tais como existiam quando Ele veio à Terra para ajudar o homem. Em favor da raça, tendo sobre Si as fraquezas do homem caído, devia Ele resistir às tentações de Satanás em todos os pontos em que o homem seria tentado. ME1 268 1 Adão achava-se rodeado de tudo que seu coração pudesse desejar. Supridas estavam todas as suas necessidades. Não havia no glorioso Éden pecado nem sinais de degenerescência. Anjos de Deus se comunicavam livre e amorosamente com o santo par. As felizes aves canoras gorjeavam seus espontâneos e alegres cânticos de louvor ao seu Criador. Os pacíficos animais, em feliz inocência, brincavam em volta de Adão e Eva, obedientes a sua palavra. Adão ali estava na perfeição de sua varonilidade, a mais nobre das obras do Criador. Trazia a imagem de Deus, mas era um pouco abaixo dos anjos. Cristo como o segundo Adão ME1 268 2 Em que contraste Se acha o segundo Adão, ao adentrar o sombrio deserto para, sozinho, lutar com Satanás! Desde a queda o gênero humano estivera a decrescer em tamanho e força física, baixando mais e mais na escala do valor moral, até ao período do advento de Cristo à Terra. E para elevar o homem caído, precisava Cristo alcançá-lo onde se achava. Assumiu natureza humana e arcou com as fraquezas e degenerescência da raça. Ele, que não conhecia pecado, tornou-Se pecado por nós. Humilhou-Se até às mais baixas profundezas da miséria humana, a fim de que pudesse estar habilitado a alcançar o homem e tirá-lo da degradação na qual o pecado o lançara. ME1 268 3 "Convinha que Aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o Príncipe da salvação deles." Hebreus 2:10. ME1 268 4 "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." Hebreus 4:15. ME1 268 5 Satanás estivera em guerra contra o governo de Deus, desde quando se rebelara, no princípio. Seu êxito ao tentar Adão e Eva no Éden e introduzir no mundo o pecado, tornara ousado esse arquiinimigo e ele se jactara orgulhosamente perante os anjos celestes de que, quando Cristo aparecesse, assumindo a natureza humana, seria mais fraco do que ele, e O levaria de vencida pelo seu poder. Exultou com o pensamento de que Adão e Eva, no Éden, não puderam resistir a suas insinuações, quando ele apelou para o apetite. Os habitantes do mundo antigo venceu ele da mesma forma, por meio da condescendência com o apetite concupiscente e paixões corruptas. Pela satisfação do apetite vencera os israelitas. Jactava-se de que o próprio Filho de Deus, que esteve com Moisés e Josué, não resistira ao seu poder, não conseguindo levar até Canaã o favorecido povo de Sua escolha; pois quase todos os que saíram do Egito, morreram no deserto. Também o manso Moisés, tentara ele a atribuir a si a glória reivindicada por Deus. Davi e Salomão, que tinham sido especialmente favorecidos por Deus, induzira ele a incorrer no desagrado divino, mediante a condescendência com o apetite e a paixão. E jactava-se de que teria ainda êxito em desfazer o propósito divino da salvação do homem por Jesus Cristo. ME1 269 1 No deserto da tentação Cristo ficou sem alimento por quarenta dias. Moisés, em ocasiões especiais, estivera o mesmo período sem alimento. Não sentira, porém, o tormento da fome. Não fora tentado nem molestado por um inimigo vil e poderoso, como o foi o Filho de Deus. Fora erguido acima do humano, sustido especialmente pela glória de Deus, a qual o envolvia. Terríveis efeitos do pecado sobre o homem ME1 269 2 Satanás tivera tão grande êxito em enganar os anjos de Deus, e na queda do nobre Adão, que pensava que na humilhação de Cristo ele teria êxito em vencê-Lo. Considerava com prazerosa exultação o resultado das tentações e o aumento do pecado na contínua transgressão da lei de Deus por mais de quatro mil anos. Tinha operado a ruína de nossos primeiros pais e trazido ao mundo pecado e morte, levando à destruição multidões de todos os séculos, países e classes. Por seu poder controlara cidades e nações até que seu pecado provocasse a ira de Deus para destruí-los por fogo, água, terremotos, espada, fome e pestilência. Por sua sutileza e seus esforços incansáveis controlara ele o apetite e despertara e fortalecera as paixões tão tremendamente que desfigurara e quase obliterara a imagem de Deus no homem. A dignidade física e moral deste foi destruída em tão alto grau, que ele trazia apenas uma pálida semelhança com o dignificado Adão no Éden, quanto ao caráter e à nobre perfeição das formas. ME1 270 1 Por ocasião do primeiro advento de Cristo, Satanás havia derribado o homem de sua original e exaltada pureza, maculando com o pecado o fino ouro. Transformara o homem, criado para ser um soberano no Éden, em escravo na Terra, gemendo sob a maldição do pecado. O halo de glória, que Deus dera ao santo Adão, e que o cobria como um vestido, deixou-o após a sua transgressão. A luz da glória de Deus não podia cobrir a desobediência e o pecado. Em lugar da saúde e da plenitude de bênçãos, a pobreza, doença e sofrimento de toda sorte deviam ser a porção dos filhos de Adão. ME1 270 2 Satanás, por seu poder sedutor, levara os homens, mediante vãs filosofias, a pôr em dúvida a revelação divina e a existência de Deus e mesmo a descrer delas afinal. Podia ele olhar em volta, a um mundo de miséria moral e uma raça exposta à ira de um Deus que pune o pecado, com perverso triunfo por haver tido tanto êxito em obscurecer a vereda de tantos, levando-os a transgredir a lei de Deus. Revestiu o pecado de roupagens atraentes, a fim de conseguir a ruína de muitos. ME1 270 3 Mas seu esquema de maior êxito em enganar o homem tem consistido em ocultar seus propósitos verdadeiros e seu caráter real, apresentando-se como amigo do homem e benfeitor do gênero humano. Lisonjeia os homens com a aprazível fábula de que não existe um inimigo rebelde, nenhum mortal antagonista contra o qual se devessem precaver, e que a existência de um diabo pessoal é inteira ficção. Enquanto assim oculta sua existência, arregimenta ele milhares para debaixo de seu controle. Ilude-os, como tentou enganar a Cristo, dizendo-se anjo do Céu, fazendo uma boa obra em favor da humanidade. E as massas por tal forma ficam cegadas ao pecado, que não conseguem discernir as estratégias de Satanás, e honram-no como honrariam a um anjo celestial, enquanto ele opera a sua ruína eterna. ------------------------Capítulo 39 -- A primeira tentação de Cristo ME1 271 1 Cristo entrou no mundo como destruidor de Satanás, e Redentor dos cativos retidos por seu poder. Em Sua própria vida vitoriosa quis Ele deixar um exemplo que o homem seguisse, e vencesse assim as tentações de Satanás. Assim que Cristo penetrou no deserto da tentação, alterou-se-lhe a fisionomia. Desapareceram a glória e esplendor, refletidos do trono de Deus e que Lhe iluminavam o semblante quando os Céus se abriram perante Ele e a voz do Pai O reconheceu como Filho amado, em quem Se comprazia. O peso dos pecados do mundo oprimia-lhe a alma, e Seu semblante exprimia uma tristeza indizível, uma profundeza de angústia que o homem caído jamais experimentara. Sentiu a avassaladora onda de miséria que inundou o mundo. Reconheceu a força do apetite condescendido e da paixão profana que dominava o mundo, e que trouxera ao homem indizível sofrimento. A condescendência com o apetite estivera aumentando, e fortalecendo-se com cada geração sucessiva, desde a transgressão de Adão, até que a raça humana se tornou tão fraca no poder moral que não mais podia vencer em sua própria força. Cristo, em favor do gênero humano, devia vencer o apetite, resistindo à mais severa prova neste ponto. Devia sozinho palmilhar a vereda da tentação, sem haver ninguém que O ajudasse, ninguém a confortá-Lo ou sustê-Lo. Devia lutar contra os poderes das trevas. ME1 272 1 Como o homem não podia, em sua força humana, resistir ao poder das tentações de Satanás, Jesus apresentou-Se voluntariamente para empreender a obra, e carregar o fardo para o homem, vencendo em seu favor o poder do apetite. Devia demonstrar, em favor do homem, abnegação e perseverança, e uma firmeza de princípio que se sobrepusesse às torturantes ânsias da fome. Devia mostrar um poder de controle sobre o apetite, mais forte do que a fome e mesmo a morte. Significação da prova ME1 272 2 Quando Cristo sofreu a prova da tentação na questão do apetite, não Se achava Ele no lindo Éden, como se dera com Adão, com a luz e o amor de Deus a manifestarem-se em tudo sobre que pousava os olhos. Achava-Se, sim, num estéril e ermo deserto, rodeado de animais ferozes. Tudo a Sua volta era repulsivo, coisa de que a natureza humana desejava recuar. Nesse ambiente jejuou Ele quarenta dias e quarenta noites. "Nada comeu naqueles dias." Lucas 4:2. Ficou abatido pelo longo jejum e experimentou a mais aguda sensação de fome. Na verdade, tinha o rosto desfigurado, mais do que o dos outros filhos dos homens. Isaías 52:14. ME1 272 3 Entrou Cristo assim em Sua vida de conflito, para vencer o inimigo poderoso, suportando a mesma prova a que Adão sucumbira, a fim de que, mediante a luta bem-sucedida, pudesse quebrar o poder de Satanás e redimir da desgraça da queda a raça humana. ME1 272 4 Tudo se perdeu, quando Adão cedeu ao poder do apetite. O Redentor, em quem se uniram o humano e o divino, pôs-Se em lugar de Adão e suportou o terrível jejum de quase seis semanas. A extensão deste jejum é a mais forte evidência da amplitude da pecaminosidade e poder do apetite depravado, sobre a família humana. ME1 272 5 A humanidade de Cristo alcançou as profundezas da miséria humana, e identificou-se com as fraquezas e necessidades do homem caído, enquanto Sua natureza divina alcançava o Eterno. Sua obra de arcar com a culpa da transgressão do homem não se destinava a dar a este licença para continuar a violar a lei de Deus, lei da qual o homem se tornara devedor quanto a uma dívida que Cristo mesmo estava pagando por Seus sofrimentos. As provas e sofrimentos de Cristo destinavam-se a impressionar o homem com uma intuição de seu grande pecado ao quebrantar a lei de Deus, e levá-lo ao arrependimento e à obediência dessa lei, e pela obediência à aceitação para com Deus. Sua justiça imputaria Ele ao homem, erguendo-o assim quanto ao valor moral diante de Deus, de modo que seus esforços para cumprir a lei divina seriam aceitáveis. A obra de Cristo era reconciliar o homem com Deus mediante Sua natureza humana, e reconciliar Deus com o homem mediante Sua natureza divina. ME1 273 1 Logo que começou o longo jejum de Cristo no deserto, Satanás esteve a postos, com suas tentações. Envolto em luz, dirigiu-se a Cristo, pretendendo ser um dos anjos do trono de Deus, enviado a trazer uma mensagem de misericórdia, compadecendo-se dEle, e para aliviá-Lo de Seus sofrimentos. Procurou fazer Cristo crer que Deus não exigia que Ele passasse pela renúncia e sofrimentos que antecipara; que fora ele enviado do Céu para Lhe trazer a mensagem de que Deus apenas quisera provar Sua boa vontade em resistir. ME1 273 2 Satanás disse a Cristo que devia apenas colocar os pés na vereda salpicada de sangue, mas não palmilhá-la. Como Abraão, foi Jesus provado para mostrar Sua obediência perfeita. Afirmou ele também ser o anjo que detivera a mão de Abraão ao levantar o cutelo para sacrificar a Isaque, e que viera agora para Lhe salvar a vida; que não era preciso que suportasse a penosa fome e a ela sucumbisse; ele O ajudaria a levar a termo uma parte da obra do plano da salvação. ME1 273 3 O Filho de Deus volveu-Se de todas essas astuciosas tentações, e ficou firme em Seu propósito de levar a termo, em todos os pormenores, no espírito e mesmo na letra, o plano que fora elaborado para a redenção da raça caída. Satanás, porém, tinha multiformes tentações preparadas para enredar a Cristo e prevalecer contra Ele. Se não alcançasse êxito com uma tentação, experimentaria outra. Pensou que haveria de ter êxito, porque Cristo Se humilhara como homem. Lisonjeou-se de que o disfarce que usava, fingindo-se um dos anjos celestiais, não poderia ser descoberto. Dissimulou duvidar da divindade de Cristo, por causa de Seu aspecto desfigurado e o ambiente desagradável. ME1 274 1 Cristo sabia que ao tomar a natureza do homem, não seria igual aos anjos na aparência. Satanás insistiu em que, se era Ele de fato o Filho de Deus, devia dar-lhe prova de Seu caráter exaltado. Aproximou-se de Cristo com tentações quanto ao apetite. Vencera a Adão neste ponto e dominara seus descendentes, e mediante a condescendência com o apetite levara-os a provocar a Deus pela iniqüidade, a ponto de se tornarem seus crimes tão grandes que o Senhor os destruiu da face da Terra pelas águas do dilúvio. ME1 274 2 Sob as diretas tentações de Satanás os filhos de Israel permitiram que o apetite controlasse a razão e, pela condescendência, foram levados a cometer pecados graves, que despertaram a ira de Deus contra eles, e caíram no deserto. Pensou ele que teria êxito em vencer a Cristo com a mesma tentação. Disse a Cristo que um dos exaltados anjos fora degredado para o mundo, e que Seu aspecto indicava que, em vez de ser o Rei do Céu, era o anjo caído, e isto explicava Sua aparência abatida. Cristo não operou milagre em seu favor ME1 274 3 Chamou então a atenção de Cristo para sua própria aparência atraente, revestida de luz e forte em poder. Pretendeu ser um mensageiro direto do trono do Céu e afirmou que tinha direito de exigir de Cristo provas de ser o Filho de Deus. Quisera Satanás descrer, se possível, as palavras que do Céu vieram ao Filho de Deus por ocasião do batismo. Determinou vencer a Cristo e, se possível, assegurar seu próprio reino e sua vida. Sua primeira tentação a Cristo foi sobre o apetite. Tinha, neste ponto, controle quase completo sobre o mundo, e suas tentações adaptavam-se às circunstâncias e ambientes de Cristo, o que tornou suas tentações quanto ao apetite quase irresistíveis. ME1 275 1 Poderia Cristo ter, por Sua própria conta, operado um milagre; isto, porém, não teria sido de acordo com o plano da salvação. Os muitos milagres na vida de Cristo mostram Seu poder de operar milagres em benefício da humanidade sofredora. Por um milagre de misericórdia alimentou Ele de uma vez cinco mil, com cinco pães e dois peixinhos. Portanto, tinha Ele poder de operar um milagre para satisfazer Sua fome. Satanás lisonjeou-se de que poderia levar Cristo a duvidar das palavras proferidas do Céu, quando de Seu batismo. E se podia tentá-Lo a pôr em dúvida Sua filiação e duvidar da verdade da palavra pronunciada por Seu Pai, alcançaria ele grande vitória. ME1 275 2 Encontrou a Cristo no ermo deserto, sem companheiros, sem alimento, e curtindo sofrimento real. Seus arredores eram muito melancólicos e repulsivos. Sugeriu Satanás a Cristo que Deus não deixaria a Seu Filho nessas condições de necessidade e verdadeiro sofrimento. Esperava abalar a confiança de Cristo em Seu Pai, que Lhe permitira chegar a essa situação de extremo sofrimento no deserto, nunca trilhado por pés humanos. Tinha Satanás esperança de incutir dúvidas quanto ao amor de Seu Pai, as quais encontrassem guarida na mente de Cristo, e que sob a força do desalento e da fome extrema Ele exercesse Seu poder milagroso em Seu favor, retirando-Se das mãos do Pai celestial. Isto foi na verdade uma tentação para Cristo. Mas não lhe deu guarida por um momento sequer. Por instante algum duvidou do amor de Seu Pai celestial, embora parecesse opresso por uma angústia inexprimível. As tentações de Satanás, conquanto delineadas habilmente, não abalaram a integridade do amado Filho de Deus. Sua permanente confiança no Pai não podia ser abalada. Cristo não parlamentou com a tentação ME1 275 3 Jesus não condescendeu com explicar a Seu inimigo como era Ele o Filho de Deus, e de que modo, como tal, devia agir. De modo ofensivo, sarcástico, Satanás referiu-se à presente fraqueza e aspecto desfavorável de Cristo em contraste com sua própria força e glória. Insultou a Cristo dizendo ser Ele um pobre representante dos anjos, quanto mais de seu exaltado Comandante, o reconhecido Rei das cortes reais. Seu aspecto presente indicava estar Ele abandonado de Deus e dos homens. Disse que, se era Cristo de fato o Filho de Deus, o Rei do Céu, teria poder igual a Deus, e poderia dar-lhe prova disso, operando o milagre de transformar em pão a pedra que se achava a Seus pés, aliviando assim a Sua fome. Satanás prometeu que, se Cristo isso fizesse, ele desde logo cederia suas pretensões a superioridade, e que a contenda entre ele e Cristo ali mesmo estaria para sempre terminada. ME1 276 1 Cristo parecia não notar os afrontosos insultos de Satanás. Não Se deixou provocar a dar-lhe provas de Seu poder. Suportou mansamente os seus insultos, sem revidar. As palavras pronunciadas do Céu quando de Seu batismo eram-Lhe muito preciosas, mostrando-Lhe que Seu Pai aprovava os passos que dava no plano da salvação, como substituto e penhor do homem. Os céus abertos e a descida da pomba celeste, eram certeza de que Seu Pai uniria Seu poder, no Céu, ao de Seu Filho na Terra, para salvar o homem do controle de Satanás, e que Deus aceitara os esforços de Cristo para unir a Terra ao Céu, e ao infinito o homem finito. ME1 276 2 Esses sinais, recebidos de Seu Pai, foram muito preciosos ao Filho de Deus, através de todos os Seus cruéis sofrimentos e terrível conflito com o líder rebelde. E enquanto suportava a prova de Deus no deserto, e através de todo o Seu ministério, Ele nada tinha que fazer para convencer a Satanás de Seu poder, e de ser Ele o Salvador do mundo. Tinha Satanás provas bastantes de Sua situação exaltada. Sua indisposição de atribuir a Jesus a honra que lhe era devida, e manifestar-Lhe submissão como súdito, desenvolveu-se em rebelião contra Deus e excluiu-O do Céu. ME1 276 3 Não fazia parte da missão de Cristo exercer Seu poder divino em Seu próprio benefício, livrando-Se do sofrimento. Este Ele Se dispôs voluntariamente a tomar sobre Si. Condescendera com tomar a natureza do homem, e devia sofrer os inconvenientes, e doenças e aflições da família humana. Não devia operar milagres por Sua própria conta. Veio para salvar outros. O objetivo de Sua missão era trazer bênçãos, e esperança e vida aos aflitos e opressos. Devia levar as cargas e penas da humanidade sofredora. ME1 277 1 Embora sofresse Cristo as mais pungentes ânsias da fome, resistiu às tentações. Repeliu Satanás com textos, os mesmos que Ele dera a Moisés no deserto, para declarar ao rebelde Israel quando foi restrito o seu regime alimentar, e clamavam por alimentos cárneos: "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Mateus 4:4. Nesta declaração, bem como por Seu exemplo, Cristo queria mostrar ao homem que a fome do alimento temporal não é a maior calamidade que lhe possa sobrevir. Satanás iludiu nossos primeiros pais, dizendo que o comer do fruto da árvore da vida da qual Deus lhes proibira comer, lhes concederia grande bem, pondo-os a salvo da morte -- exatamente o oposto da verdade que Deus lhes declarara: "Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:17. Se Adão tivesse sido obediente, jamais teria conhecido necessidade, tristeza ou morte. ME1 277 2 Se o povo que viveu antes do dilúvio tivesse sido obediente à Palavra de Deus, teriam sido preservados, e não teriam perecido pelas águas do dilúvio. Se os israelitas tivessem sido obedientes às palavras de Deus Ele lhes teria concedido bênçãos especiais. Caíram, porém, em resultado da condescendência com o apetite e a paixão. Não quiseram ser obedientes às palavras de Deus. A condescendência com o apetite pervertido levou-os a numerosos e graves pecados. Se tivessem feito das reivindicações de Deus sua primeira consideração, e posto suas necessidades físicas em segundo lugar, submetendo-se à escolha divina do devido alimento para eles, nem um deles teria caído no deserto. Ter-se-iam estabelecido na boa terra de Canaã como povo santo e sadio, sem nenhum fraco em todas as suas tribos. ME1 278 1 O Salvador do mundo tornou-Se pecado pela raça humana. Tornando-Se substituto do homem, não manifestou Cristo Seu poder como Filho de Deus. Classificou-Se entre os filhos dos homens. Devia como homem suportar a prova da tentação, em favor do homem, sob as circunstâncias mais probantes, e deixar um exemplo de fé e perfeita confiança em Seu Pai celestial. Cristo sabia que Seu Pai Lhe supriria alimento, quando houvesse por bem. Nessa severíssima prova, quando a fome O oprimiu além de toda a medida, Cristo não diminuiria prematuramente uma partícula que fosse, da prova por que passava, exercendo Seu poder divino. ME1 278 2 O homem caído, quando levado a apuros, não teria o poder de operar milagres em seu benefício, a fim de poupar-se dor ou angústia, ou para alcançar vitória sobre os inimigos. Foi propósito de Deus pôr à prova a raça humana e dar-lhe oportunidade de desenvolver o caráter levando-os freqüentemente a situações probantes, a fim de lhes provar a fé e confiança em Seu amor e poder. A vida de Cristo foi um modelo perfeito. Ele sempre, por exemplo e preceito, ensinava ao homem que Deus é sua dependência, e que em Deus deve estar sua fé e firme confiança. ME1 278 3 Cristo sabia que Satanás era mentiroso desde o princípio, e precisou de grande domínio próprio para ouvir as proposições daquele enganador insultante, sem repreender imediatamente suas atrevidas afirmações. Esperava Satanás provocar o Filho de Deus, levando-O a empenhar-Se em controvérsia com ele; e esperava que, assim, em Sua fraqueza extrema e agonia de espírito, alcançasse vantagem sobre Ele. Pretendia perverter as palavras de Cristo e reclamar vantagem, chamando a seu auxílio seus anjos caídos a fim de empregarem o máximo de seu poder para prevalecer contra Ele e vencê-Lo. ME1 279 1 O Salvador do mundo não teve controvérsia com Satanás, que fora expulso do Céu porque não mais era digno de um lugar ali. Aquele que pôde influenciar os anjos de Deus contra seu Supremo Soberano, e contra o Filho, seu amado Comandante, e atrair a simpatia desses anjos, era capaz de qualquer engano. Quatro mil anos estivera a guerrear contra o governo de Deus, e não perdera nada de sua habilidade ou poder para tentar e enganar. Vitória por Cristo ME1 279 2 Por isso que o homem caído não podia vencer a Satanás com sua força humana, veio Cristo das cortes reais do Céu para ajudá-lo com Sua força humana e divina combinadas. Cristo sabia que Adão, no Éden, com suas superiores vantagens, poderia ter resistido às tentações de Satanás, vencendo-o. Sabia também que não era possível ao homem, fora do Éden, separado, desde a queda, da luz e do amor de Deus, resistir em suas próprias forças às tentações de Satanás. A fim de conceder esperança ao homem e salvá-lo da ruína completa, humilhou-Se, tomando a natureza do homem para que, com Seu poder divino combinado com o humano, pudesse Ele alcançar o homem onde se acha. Obtém Ele para os caídos filhos e filhas de Adão aquela força que é impossível obterem eles por si mesmos, a fim de que em Seu nome possam vencer as tentações de Satanás. ME1 279 3 O exaltado Filho de Deus, assumindo a humanidade, vem para perto do homem, pondo-Se como substituto do pecador. Identifica-Se com os sofrimentos e aflições dos homens. Foi tentado em todos os pontos, como o é o homem, para que pudesse saber como socorrer aos tentados. Cristo venceu em favor do pecador. ME1 279 4 Jacó, na visão noturna, viu a Terra ligada ao Céu por uma escada que alcançava o trono de Deus. Viu os anjos de Deus, envergando vestes de celeste brilho, descendo do Céu e para lá subindo, sobre essa escada brilhante. A parte inferior da escada repousava na Terra, enquanto o topo alcançava o mais alto dos Céus, apoiado no trono de Jeová. O resplendor do trono de Deus irradiava da escada, refletindo sobre a Terra uma luz de glória inexprimível. ME1 280 1 Essa escada representava a Cristo, que abrira a comunicação entre Terra e Céu. Na humilhação de Cristo, desceu Ele à própria profundeza da miséria humana, em simpatia e piedade pelo homem caído, o que foi representado a Jacó pela extremidade da escada que repousava sobre a terra, enquanto o seu topo, alcançando o Céu, representa o divino poder de Cristo que se apega ao Infinito, ligando assim a Terra ao Céu, e o homem finito ao infinito Deus. Por meio de Cristo acha-se aberta a comunicação entre Deus e o homem. Os anjos podem passar do Céu para a Terra com mensagens de amor ao homem caído, e para servir aos que hão de ser herdeiros da salvação. É por Cristo, tão-somente, que os mensageiros celestes ministram aos homens. ME1 280 2 Adão e Eva, no Éden, foram postos nas mais favoráveis circunstâncias. Tinham o privilégio de manter comunhão com Deus e com os anjos. Não estavam sob a condenação do pecado. A luz de Deus e dos anjos estava com eles e a sua volta. O Autor de sua existência era seu professor. Caíram, porém, sob o poder e as tentações do astucioso inimigo. Por quatro mil anos estivera Satanás a operar contra o governo de Deus e dessa prática obtivera força e experiência. Os homens caídos não tinham as vantagens que teve Adão no Éden. Tinham estado a separar-se de Deus por quatro mil anos. Haviam diminuído mais e mais a sabedoria para compreender as tentações de Satanás e o poder para a elas resistir, a ponto de parecer que Satanás reinava triunfante na Terra. O apetite e paixão, o amor ao mundo e aos pecados insolentes, eram os grandes ramos do mal, dos quais brotava toda espécie de crime, violência e corrupção. ------------------------Capítulo 40 -- A segunda tentação de Cristo ME1 281 1 Satanás foi derrotado em seu objetivo de vencer a Cristo na questão do apetite; e no deserto Cristo alcançou uma vitória em favor do gênero humano, na mesma questão do apetite, tomando possível ao homem, em todo o futuro, vencer em nome dEle a força do apetite, em seu próprio benefício. Satanás não estava disposto a cessar seus esforços até que tivesse tentado todos os meios para alcançar vitória sobre o Redentor do mundo. Sabia que, quanto a ele, tudo estava em jogo, para decidir se seria ele ou Cristo o vencedor na contenda. E, para assustar a Cristo com sua força superior, levou-O ele a Jerusalém e O colocou sobre um dos pináculos do templo, continuando a atacá-Lo com tentações. ME1 281 2 De novo exigiu de Cristo que, se era de fato o Filho de Deus, lhe provasse isso atirando-Se da vertiginosa altura sobre a qual O havia posto. Instou com Cristo a que mostrasse Sua confiança no protetor cuidado do Pai, lançando-Se do templo. Na primeira tentação de Satanás, na questão do apetite, procurara ele insinuar dúvidas acerca do amor e cuidado de Deus para com Cristo como Seu Filho, apresentando-Lhe Seu ambiente e Sua fome como evidência de que Ele não estava na graça de Deus. Não teve êxito nisso. A seguir procurou prevalecer-se da fé e perfeita confiança que Cristo demonstrara em Seu Pai celestial, forcejando por levá-Lo à presunção. "Se Tu és o Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo; porque está escrito: Que aos Seus anjos dará ordens a Teu respeito; e tomar-Te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra." Mateus 4:6. De pronto Jesus respondeu: "Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus." Mateus 4:7. O pecado da presunção ME1 282 1 O pecado da presunção jaz bem perto da virtude da perfeita fé e confiança em Deus. Satanás lisonjeou-se de que poderia prevalecer-se da humanidade de Cristo para premi-Lo da linha da confiança para a da presunção. Neste ponto muitas almas se arruínam. Satanás procurou enganar a Cristo por meio da lisonja. Admitiu que Cristo, no deserto, tinha razão em ter fé e confiança de que Deus era Seu Pai, sob as circunstâncias mais probantes. Instou então com Cristo para que desse mais uma evidência de Sua inteira confiança em Deus, mais uma prova de Sua fé de ser Ele o Filho de Deus, lançando-Se do templo. Disse a Cristo que, se era Ele de fato o Filho de Deus, nada tinha que temer, pois estariam às ordens os anjos, para guardá-Lo. Satanás, pelo uso que fez das Escrituras, deu prova de que as compreendia. ME1 282 2 O Redentor do mundo não Se desviou de Sua integridade e mostrou que tinha perfeita fé no prometido cuidado do Pai. Não poria desnecessariamente à prova a fidelidade e amor de Seu Pai, embora estivesse nas mãos do inimigo, e colocado em posição de extrema dificuldade e perigo. Não tentaria a Deus, por sugestão de Satanás, pondo presunçosamente à prova a Sua providência. Satanás apresentara passagens que pareciam apropriadas à ocasião, esperando realizar seus propósitos, fazendo a aplicação ao nosso Salvador nessa ocasião especial. ME1 282 3 Cristo bem sabia que Deus na verdade O poderia guardar se Ele, Deus, tivesse dEle exigido que Se lançasse do templo. Mas isso fazer sem que Lhe fosse ordenado, e pôr à prova o protetor cuidado e amor de Seu Pai, porque desafiado por Satanás para assim fazer, não demonstraria a força de Sua fé. Satanás estava bem apercebido de que, se Cristo pudesse ser levado a, sem receber ordem do Pai, se lançar do templo para provar Sua reivindicação ao cuidado protetor de Seu Pai celestial, com esse próprio ato mostraria a fraqueza de Sua natureza humana. ME1 283 1 Cristo saiu vencedor na segunda tentação. Manifestou perfeita confiança e fé em Seu Pai, durante Seu severo conflito com o poderoso inimigo. Nosso Redentor, na vitória aí alcançada, deixou ao homem um modelo perfeito, mostrando-lhe que sua única segurança está na firme e inabalável confiança em Deus, em todas as provas e perigos. Recusou-Se a presumir da misericórdia de Seu Pai, colocando-Se em perigo que tornaria necessário que Seu Pai celestial demonstrasse Seu poder de salvá-Lo do perigo. Isto seria forçar a providência por Sua própria conta; e não deixaria então ao Seu povo um exemplo perfeito de fé e firme confiança em Deus. ME1 283 2 O objetivo de Satanás ao tentar a Cristo era levá-Lo a ousada presunção, e mostrar fraqueza humana que não O tornaria um modelo perfeito ao Seu povo. Satanás pensava que, se Cristo deixasse de suportar a prova de suas tentações, não poderia haver redenção para a raça humana, e seu poder sobre os homens seria completo. Cristo nossa esperança e exemplo ME1 283 3 A humilhação e sofrimentos de Cristo no deserto da tentação foram em favor dos homens. Em Adão tudo se perdeu, pela transgressão. Em Cristo estava a única esperança de restauração ao favor de Deus. O homem, pela transgressão da lei de Deus, dEle se separara em tão grande distância, que já não podia humilhar-se diante de Deus em proporção ao seu ofensivo pecado. O Filho de Deus compreendia plenamente a enormidade do pecado do transgressor, e com Seu caráter sem pecado, só Ele podia fazer uma expiação aceitável em favor do homem, sofrendo a sensação do desprazer de Seu Pai. A aflição e angústia do Filho de Deus pelos pecados do mundo foram proporcionais à Sua divina excelência e pureza, assim como à magnitude da ofensa. ME1 284 1 Cristo foi nosso exemplo em todas as coisas. Ao vermos Sua humilhação na prolongada prova e jejum no deserto, para vencer em nosso favor as tentações do apetite, devemos tomar para nós esta lição, quando somos tentados. Se o poder do apetite é tão forte na família humana, e a condescendência com ele tão tremenda que o Filho de Deus Se sujeitou a semelhante prova, quão importante, então, que sintamos a necessidade de conservar o apetite sob o controle da razão! Nosso Salvador jejuou quase seis semanas, a fim de que pudesse ganhar para o homem a vitória sobre o apetite. Como podem professos cristãos, de consciência esclarecida, e tendo a Cristo diante deles como modelo seu, como podem eles ceder à condescendência com esses apetites que têm influência enervante sobre a mente e o coração? É fato penoso que presentemente os hábitos de satisfação própria a expensas da saúde e do enfraquecimento do poder moral, estão mantendo nos laços da escravidão grande parte do mundo cristão. ME1 284 2 Muitos que professam piedade não indagam da razão do longo jejum e dos sofrimentos de Cristo, no deserto. Sua angústia não foi tanto por sofrer as ânsias da fome, como por Sua intuição do terrível resultado, para a raça humana, da condescendência com o apetite e a paixão. Sabia Ele que o apetite seria o ídolo do homem, e o levaria a esquecer-se de Deus, obstruindo-Lhe diretamente o caminho da salvação. ------------------------Capítulo 41 -- A terceira tentação de Cristo ME1 285 1 Nosso Salvador demonstrou perfeita confiança em Seu Pai celestial, certo de que Ele não permitiria que fosse tentado acima da força que Lhe daria para resistir, e que O faria vencedor, se Ele suportasse pacientemente a prova à qual estava sujeito. Cristo não Se havia, por Sua própria vontade, posto em perigo. Deus permitiu que Satanás, por algum tempo, tivesse esse poder sobre Seu Filho. Jesus sabia que, se conservasse Sua integridade nessa posição extremamente probante, um anjo de Deus seria enviado para aliviá-Lo, se não houvesse outro meio. Assumira a humanidade, e era o representante da raça humana. ME1 285 2 Satanás viu que nada conseguira com Cristo em sua segunda grande tentação. "E o diabo, levando-O a um alto monte, mostrou-Lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-Lhe o diabo: Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero; portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu." Lucas 4:5-7. ME1 285 3 Nas duas primeiras grandes tentações, Satanás não revelara as verdadeiras intenções de seu caráter. Pretendeu ele ser um exaltado mensageiro das cortes do Céu, mas agora abandona seu disfarce. Em vista panorâmica apresenta perante Cristo todos os reinos do mundo, no aspecto mais atraente, arrogando-se ele o título de príncipe do mundo. A tentação mais sedutora ME1 286 1 Esta última tentação foi a mais sedutora das três. Sabia Satanás que a vida de Cristo teria de ser de tristeza, dificuldade e conflito. E julgava ele que se pudesse prevalecer desse fato para subornar a Cristo, levando-O a ceder Sua integridade. Satanás pôs em ação toda a força nesta última tentação, pois este derradeiro esforço devia decidir seu destino, determinando qual deles seria vitorioso. Reclamou o mundo como seu domínio, sendo ele o príncipe das potestades do ar. Levou Jesus ao cume de uma montanha altíssima e então, em visão panorâmica, apresentou diante dEle todos os reinos do mundo, por tanto tempo sob o seu domínio, e ofereceu-Lhos, como grande dádiva. Disse a Cristo que poderia entrar de posse dos reinos do mundo, sem sofrimento ou perigo de Sua parte. Satanás promete ceder seu cetro e domínio, e Cristo será o legítimo soberano, em troca de um favor Seu. Tudo o que requer, em troca de transferir-Lhe os reinos do mundo que nesse dia Lhe apresentou, é que Cristo lhe preste homenagem, como a um superior. ME1 286 2 Os olhos de Jesus pousaram por um momento sobre a glória que Lhe era apresentada; mas volveu-Se e recusou contemplar o encantador espetáculo. Não poria em perigo Sua firme integridade detendo-Se com o tentador. Ao solicitar Satanás homenagem, despertou-se a divina indignação de Cristo e não pôde mais tolerar a blasfema pretensão de Satanás, ou mesmo permitir que ficasse em Sua presença. Então Cristo exerceu Sua autoridade divina, ordenando a Satanás que desistisse: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Mateus 4:10. Satanás, em seu orgulho e arrogância, declara-se o legítimo e permanente soberano do mundo, o Possuidor de todas as riquezas e glória, reclamando homenagem de todos os que nele viviam, como se tivesse criado o mundo e todas as coisas que nele há. Dissera ele a Cristo: "Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero." Lucas 4:6. Empenhara-se em fazer um contrato especial com Cristo -- passar-Lhe de vez tudo aquilo que pretendia lhe pertencer, se o adorasse. ME1 287 1 Este insulto ao Criador despertou a indignação do Filho de Deus, para repreendê-lo e despedi-lo. Satanás, em sua primeira tentação lisonjeara-se de que ocultara tão bem o seu verdadeiro caráter e propósitos que Cristo não o reconhecera como o caído líder rebelde, por Ele vencido e expulso do Céu. As palavras com que Cristo o despediu: "Vai-te, Satanás", demonstraram que desde o princípio fora ele reconhecido, e que todas as suas artes enganadoras não tinham tido êxito junto do Filho de Deus. Satanás sabia que, se Cristo morresse para redimir o homem, seu poder depois de algum tempo teria de terminar, e ele seria destruído. Por isso, foi seu estudado plano impedir, se possível, a conclusão da grande obra que fora iniciada pelo Filho de Deus. Se fracassasse o plano da redenção do homem, reteria ele o reino que pretendia lhe pertencer. E se tivesse êxito, lisonjeava-se ele de que havia de reinar, em oposição ao Deus do Céu. ME1 287 2 Quando Jesus deixou o Céu, e ali deixou Seu poder e glória, Satanás exultou. Pensou que o Filho de Deus estivesse em seu poder. A tentação foi aceita tão facilmente pelo santo par no Éden, que ele esperava, com sua satânica astúcia e poder, vencer mesmo o Filho de Deus, salvando assim sua vida e seu reino. Se pudesse tentar Jesus a afastar-Se da vontade de Seu Pai, como fizera em sua tentação a Adão e Eva, então teria ganho seu objetivo. ME1 287 3 Devia vir o tempo em que Jesus devesse redimir a possessão de Satanás, dando Sua própria vida e, depois de algum tempo, todos, no Céu e na Terra se submeteriam a Ele. Jesus era constante. Preferiu a vida de sofrimento, a morte ignominiosa e, na maneira designada pelo Pai, tornar-Se legítimo soberano dos reinos da Terra, tendo-os entregues em Suas mãos como posse eterna. Satanás também será entregue em Suas mãos, para ser destruído pela morte e nunca mais molestar a Jesus nem aos santos na glória. Tentação resistida decididamente ME1 288 1 Disse Jesus ao astuto inimigo: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Mateus 4:10. Satanás pedira a Cristo que lhe desse prova de ser Ele o Filho de Deus, e nesse incidente tinha ele a prova que pedira. À ordem divina de Cristo foi ele obrigado a obedecer. Foi repelido e silenciado. Não possuía poder que o habilitasse a resistir à imperiosa despedida. Foi compelido a, sem mais palavra, desistir imediatamente, e deixar o Redentor do mundo. ME1 288 2 Afastou-se a odiosa presença de Satanás. Terminara a contenda. Com sofrimento imenso, a vitória de Cristo no deserto fora tão completa como fora o fracasso de Adão. E por algum tempo continuou Ele livre da presença de Seu poderoso adversário, e das legiões de seus anjos. ME1 288 3 Terminadas as tentações, Satanás deixou a Jesus por um pouco de tempo. Vencido estava o adversário, mas o conflito fora prolongado e por demais probante. E, terminado ele, Cristo Se achou exausto e desmaiado. Caiu ao solo, como se estivesse moribundo. Anjos celestiais, que perante Ele se haviam inclinado nas cortes celestes, e que com intenso, mas penoso interesse estiveram observando seu amado Comandante, testemunhando com assombro a terrível luta que suportara com Satanás, vieram agora ministrar-Lhe. Prepararam-Lhe alimento e O fortaleceram, pois jazia Ele qual morto. Os anjos se possuíram de espanto e reverente respeito, ao saberem que o Redentor do mundo estava passando por indizível sofrimento para efetuar a redenção do homem. Aquele que era igual a Deus nas cortes celestes, ali estava diante deles, enfraquecido por quase seis semanas de jejum. Solitário, sozinho, fora Ele perseguido pelo líder rebelde, expulso do Céu. Suportara uma prova mais cerrada e mais severa do que as que jamais seriam impostas ao homem. A luta com o poder das trevas fora longa e intensamente probante para a natureza humana de Cristo, em Seu estado débil e sofredor. Os anjos trouxeram mensagens de amor e conforto do Pai ao Filho, assim como a certeza de que todo o Céu triunfava com a plena e completa vitória que Ele alcançara em favor do homem. ME1 289 1 O preço da redenção da raça humana não pode jamais ser compreendido plenamente, antes que os remidos estejam na presença do Redentor, junto ao trono de Deus. E ao terem capacidade para apreciar o valor da vida imortal, e da recompensa eterna, avolumarão o hino de vitória e imorredouro triunfo, dizendo, com grande voz: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças." Apocalipse 5:12. "E ouvi a toda a criatura", diz João, "que está no Céu, e na Terra, e debaixo da Terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apocalipse 5:13. ME1 289 2 Conquanto tivesse Satanás fracassado nos seus mais decididos esforços e mais poderosas tentações, não desistira ele da esperança de, em algum tempo futuro, poder ter mais êxito em seus esforços. Aguardava o tempo do ministério de Cristo, quando havia de ter oportunidades de experimentar seu poder e artifícios contra Ele. Satanás elaborou planos para cegar o entendimento dos judeus, o povo escolhido de Deus, para que não discernissem em Cristo o Redentor do mundo. Concluiu que seria capaz de encher-lhes o coração de inveja, ciúme e ódio contra o Filho de Deus, de modo que eles não O recebessem, mas tornassem Sua vida sobre a Terra o mais amarga possível. ------------------------Capítulo 42 -- A revelação de Deus ME1 290 1 "Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo." 2 Coríntios 4:6. ME1 290 2 Antes da queda, nenhuma nuvem pousou sobre o espírito de nossos primeiros pais para obscurecer sua clara percepção do caráter de Deus. Estavam perfeitamente conformados com a vontade divina. Como vestes, circundava-os uma linda luz, a luz de Deus. O Senhor visitava o santo par, instruindo-os mediante as obras de Suas mãos. A Natureza era seu livro. No Jardim do Éden a existência de Deus era demonstrada nos objetos da Natureza que os cercavam. Cada árvore do jardim lhes falava. As coisas invisíveis de Deus eram vistas claramente, sendo entendidas pelas coisas criadas, tanto o Seu eterno poder como a Sua divindade. Romanos 1:20. ME1 290 3 Mas conquanto seja verdade que Deus podia assim ser discernido na Natureza, isto não favorece a afirmação de que depois da queda um perfeito conhecimento de Deus fosse revelado a Adão e sua posteridade no mundo natural. A Natureza podia comunicar suas lições ao homem em sua inocência; a transgressão, porém, trouxe sobre a Natureza uma desgraça, e interveio entre a Natureza e o Deus da Natureza. Não tivessem Adão e Eva nunca desobedecido ao seu Criador, tivessem eles permanecido na vereda da perfeita retidão, e poderiam ter conhecido e compreendido a Deus. Mas quando ouviram a voz do tentador, e pecaram contra Deus, a luz das vestes da inocência celestial se afastou deles; e, separados das vestes da inocência, aconchegaram a si as negras vestes da ignorância a respeito de Deus. A clara e perfeita luz que até aí os tinha circundado tinha iluminado todas as coisas de que se aproximavam; mas, privados dessa luz celeste, a posteridade de Adão não pôde por mais tempo reconhecer o caráter de Deus em Suas obras criadas. ME1 291 1 As coisas da Natureza que hoje contemplamos dão-nos uma idéia muito pálida da beleza e glória do Éden; entretanto o mundo natural, com voz inequívoca, proclama a glória de Deus. Nas coisas da Natureza, manchadas como se acham pela maldição do pecado, permanece ainda muita coisa bela. Alguém onipotente, grandioso em bondade, em misericórdia e amor, criou a Terra, e esta, mesmo em seu estado maculado, inculca verdades acerca do hábil Artista-Mestre. Neste livro da Natureza que nos é aberto -- nas belas e perfumosas flores, com seus variados e delicados matizes -- Deus nos oferece uma expressão inequívoca de Seu amor. Depois da transgressão de Adão, podia Deus ter destruído todo botão a entreabrir-se e toda a floração, ou podia ter despojado as flores de seu perfume, tão aprazível ao olfato. Na Terra, ressequida e maculada pela maldição, no matagal, nos cardos, nos espinheiros, no joio, podemos ler a lei da condenação; mas na delicada cor e perfume das flores, podemos aprender que Deus ainda nos ama, que Sua misericórdia não está inteiramente retirada da Terra. ME1 291 2 A Natureza está repleta de lições espirituais para a humanidade. As flores morrem apenas para ressurgir com nova vida; e nisto nos é ensinada a lição da ressurreição. Todos os que amam a Deus florescerão de novo no Éden do alto. Mas a Natureza não pode ensinar a lição do grande e maravilhoso amor de Deus. Por isso, depois da queda, não foi a Natureza o único professor do homem. A fim de que o mundo não permanecesse em trevas, em eterna noite espiritual, o Deus da Natureza veio ao nosso encontro em Jesus Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como a revelação do Pai. Foi Ele a "luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo". João 1:9. Devemos contemplar a "iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo". 2 Coríntios 4:6. ME1 292 1 Na pessoa de Seu Filho unigênito, o Deus do Céu condescendeu em baixar à nossa natureza humana. À pergunta de Tomé respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim. Se vós Me conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a Meu Pai; e já desde agora O conheceis, e O tendes visto. Disse-Lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe? quem Me vê a Mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que Eu estou no Pai, e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo não as digo de Mim mesmo, mas o Pai, que está em Mim, é quem faz as obras. Crede-Me que estou no Pai, e o Pai em Mim; crede-Me, ao menos, por causa das mesmas obras." João 14:6-11. ME1 292 2 A lição mais difícil e humilhante que o homem tem que aprender é sua própria ineficiência ao confiar na sabedoria humana, e o fracasso certo de seus esforços para ler corretamente o livro da Natureza. O pecado lhe obscureceu a visão, e de si mesmo não pode ele interpretar a Natureza sem colocá-la acima de Deus. Não pode discernir nela a Deus, ou a Jesus Cristo, a quem enviou. Está ele na mesma posição em que se achavam os atenienses, que erguiam seus altares para o culto da Natureza. Em pé no Areópago, Paulo apresentou ao povo de Atenas a majestade do Deus vivo, em contraste com o idolátra culto deles. ME1 292 3 "Varões atenienses", disse ele, "em tudo vos vejo um tanto supersticiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus desconhecido. Esse pois que vós honrais, não O conhecendo, é O que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do Céu e da Terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; e de um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; porque nEle vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também Sua geração. Sendo nós pois geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens." Atos 17:22-29. A natureza não é Deus ME1 293 1 Os que possuem verdadeiro conhecimento de Deus não se tornarão tão obcecados com as leis da matéria ou as operações da Natureza que passem por alto, ou se recusem a reconhecer, a constante operação de Deus na Natureza. A Natureza não é Deus, nem jamais foi Deus. A voz da Natureza testifica de Deus, mas a Natureza não é Deus. Como Sua obra criada, ela simplesmente dá testemunho do poder de Deus. A Divindade é o autor da Natureza. O mundo natural não tem, em si, poder algum senão o que Deus lhe supre. Existe um Deus pessoal, o Pai; existe um Cristo pessoal, o Filho. E "havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa, e sustentando todas as coisas, pela palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da Majestade nas alturas". Hebreus 1:1-3. ME1 293 2 Diz o salmista: "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes." Salmos 19:1-3. Podem alguns supor que essas grandes coisas do mundo natural sejam Deus. Não são Deus. Todas essas maravilhas nos céus estão apenas fazendo a obra que lhes é designada. São instrumentos do Senhor. Deus é o superintendente, assim como Criador, de todas as coisas. O Ser Divino empenha-Se em manter as coisas por Ele criadas. A própria mão que sustenta as montanhas e as mantém em posição, guia os mundos em sua misteriosa marcha em volta do Sol. ME1 294 1 Dificilmente se encontra uma operação da Natureza à qual a Palavra de Deus não faça referência. A Palavra declara que Deus "faz que o Seu Sol se levante", e que a chuva caia. Mateus 5:45. Ele "faz brotar nos montes a erva". Ele "dá a neve como lã, esparge a geada como cinza. ... Manda a Sua palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas". Salmos 147:8, 16-18. "Faz subir os vapores das extremidades da Terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros." Salmos 135:7. ME1 294 2 Estas palavras da Santa Escritura nada dizem de leis da Natureza independentes. Deus fornece a matéria e as propriedades com as quais executar Seus planos. Emprega Seus instrumentos para que a vegetação cresça. Manda o orvalho e a chuva e o sol, para que a relva germine e estenda sobre a terra seu tapete verde; para que os arbustos e as árvores frutíferas desabrochem os botões e produzam. Não se pode supor que seja posta em ação uma lei para que a semente opere por si mesma, e a folha apareça porque isso tenha que fazer por si mesma. Deus instituiu leis, mas estas são apenas servos pelos quais Ele efetua resultados. É pela imediata instrumentalidade de Deus que cada pequenina semente irrompe através da terra e surge para a vida. Cada folha cresce, cada flor desabrocha, pelo poder de Deus. ME1 294 3 O organismo físico do homem está sob a supervisão de Deus; não é, porém, como um relógio que seja posto a trabalhar e tenha de prosseguir por si mesmo. O coração pulsa, uma batida sucede a outra, respiração segue a respiração, mas o ser inteiro está sob a supervisão de Deus. "Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. Em Deus vivemos e nos movemos e existimos. Cada pulsar do coração, cada ato de respirar, são inspiração dAquele que soprou nas narinas de Adão o fôlego da vida -- a inspiração do Deus sempre presente, o grande EU SOU. ME1 295 1 Os antigos filósofos jactavam-se de seus superiores conhecimentos. Leiamos como entendia a questão o apóstolo inspirado: "Dizendo-se sábios", diz ele, "tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e das aves, e de quadrúpedes, e de répteis. ... Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador." Romanos 1:22-25. Em sua sabedoria humana não pode o mundo conhecer a Deus. Seus homens sábios reúnem um imperfeito conhecimento de Deus, por Suas obras criadas, e então, em sua loucura, exaltam a Natureza e as leis da Natureza acima do Deus da Natureza. Os que não possuem um conhecimento de Deus mediante a aceitação da revelação que de Si mesmo deu em Cristo, esses só obterão um conhecimento imperfeito dEle, na Natureza; e este conhecimento, longe de proporcionar conceitos elevados acerca de Deus, e colocar o ser inteiro em conformidade com Sua vontade, fará dos homens idólatras. Professando-se sábios, tornar-se-ão loucos. ME1 295 2 Os que pensam poder obter um conhecimento de Deus à margem de Seu Representante, a quem a Palavra declara ser "a expressa imagem da Sua Pessoa" (Hebreus 1:3), terão de tornar-se loucos em sua própria estima antes de ser sábios. É impossível alcançar um perfeito conhecimento de Deus, da Natureza tão-somente; pois a Natureza mesma é imperfeita. Em sua imperfeição não pode representar a Deus; não pode revelar o caráter de Deus em sua perfeição moral. Mas Cristo veio ao mundo como um Salvador pessoal. Representou um Deus pessoal. Como Salvador pessoal, subiu ao alto; e virá de novo tal qual subiu ao Céu -- como Salvador pessoal. É Ele a expressa imagem da pessoa do Pai. "NEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade." Colossences 2:9. ------------------------Capítulo 43 -- Cristo, o doador da vida ME1 296 1 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens; E a luz resplandece na trevas, e as trevas não a compreenderam." João 1:1-5. O mundo não reconheceu divindade no humilde Homem de Nazaré. O unigênito Filho do Deus infinito estava no mundo, e os homens não O conheceram em Seu caráter verdadeiro. ME1 296 2 "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens." João 1:4. Não é a vida física que é aqui especificada, mas a imortalidade, a vida que é exclusivamente propriedade de Deus. O Verbo, que estava com Deus e era Deus, possuía essa vida. A vida física é algo que todo indivíduo recebe. Não é eterna ou imortal; pois Deus, o doador da vida, toma-a outra vez. O homem não tem domínio sobre sua vida. A vida de Cristo, porém, não era de empréstimo. Ninguém pode arrebatar-Lhe essa vida. "Eu de Mim mesmo a dou" (João 10:18), disse Ele. NEle havia vida, original, não tomada por empréstimo, não derivada. Essa vida não é inerente ao homem. Ele só a pode possuir mediante Cristo. Não a pode ganhar por mérito; é-lhe dada como dádiva livre, se ele crer em Cristo como seu Salvador pessoal. "A vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Esta é a fonte de vida, aberta ao mundo. ME1 297 1 Dando sua comissão a Timóteo, diz Paulo: "Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas. Mando-te diante de Deus, que todas as coisas vivifica, e de Cristo Jesus, que diante de Pôncio Pilatos deu o testemunho de boa confissão, que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo; a qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno." 1 Timóteo 6:11-16. ME1 297 2 De outra vez, escreve Paulo: "Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna. Ora ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre." 1 Timóteo 1:15-17. A imortalidade trazida por Cristo ME1 297 3 Cristo "trouxe à luz a vida e a incorrupção [imortalidade, diz outra tradução] pelo evangelho". 2 Timóteo 1:10. Homem algum pode ter vida espiritual independente dEle. O pecador não é imortal; pois Deus disse: "A alma que pecar, essa morrerá." Ezequiel 18:4. Esta frase tem todo o sentido que exprime. Alcança mais longe do que a morte, que vem a todos; ela significa a segunda morte. Os homens protestam, dizendo: Quereis fazer do homem nada mais que um animal? Isto é considerado degradante. O que é, porém, que eleva o homem à vista de Deus? É porventura a acumulação de dinheiro? -- Não; pois declara Deus: O ouro e a prata são Meus. Se o homem abusar dos tesouros que lhe são confiados, Deus pode espalhar mais depressa do que pode o homem juntar. Pode o homem ter um intelecto brilhante; pode ser rico na posse de dotes naturais. Mas todos estes lhe são dados por Deus, seu Criador. Deus pode remover o dom da razão, e num momento o homem se tornará como Nabucodonosor, degradado ao nível das bestas do campo. Isto Deus faz porque o homem age como se tivesse recebido independente dEle a sua sabedoria e poder. ME1 298 1 O homem é apenas mortal, e enquanto se julgar demasiado sábio para aceitar a Jesus, permanecerá ele apenas mortal. Têm os homens realizado feitos admiráveis no mundo intelectual, mas quem lhes deu poder para isso fazer? -- O Senhor Deus dos exércitos. Se em Sua imaginada eficiência os homens triunfam por causa de seu próprio poder, e se gloriam, seguindo o exemplo do mundo antediluviano, perecerão eles. Era somente má a imaginação daquela raça longeva, e isso continuamente. Eram sábios em fazerem o mal, e a Terra se corrompeu pelos seus habitantes. Se se houvessem unido Àquele que é infinito em sabedoria, poderiam ter feito coisas maravilhosas com a habilidade e talentos que Deus lhes dera. Mas, volvendo costas a Deus, preferiram seguir a guia de Satanás, como o fazem muitos hoje; e o Senhor varreu-os da Terra, com todo o seu jactancioso conhecimento. ME1 298 2 Pode a humanidade ser exaltada pelo mundo, pelo que tem feito. Mas o homem pode cair muito depressa à vista de Deus, aplicando mal os talentos que lhe são confiados e se apropriando indevidamente desses talentos que, usados devidamente, o elevariam. Conquanto o Senhor seja longânimo e não queira que ninguém se perca, de modo algum inocentará o culpado. Levem todos a sério as palavras do Senhor: "Por que dais coices contra o sacrifício e contra a Minha oferta de manjares, que ordenei na Minha morada, e honras a teus filhos mais do que a Mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do Meu povo de Israel? Portanto, diz o Senhor Deus de Israel: Na verdade tinha dito Eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de Mim perpetuamente; porém, agora diz o Senhor: Longe de Mim tal coisa, porque aos que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão envilecidos." 1 Samuel 2:29-30. ME1 299 1 Deus honra aos que Lhe obedecem. "Recompensou-me o Senhor conforme a minha justiça", disse Davi, "retribuiu-me conforme a pureza das minhas mãos. Porque guardei os caminhos do Senhor, e não me apartei impiamente do meu Deus. Porque todos os Seus juízos estavam diante de mim, e não rejeitei os Seus estatutos." Salmos 18:20-22. Como alcançar a vida eterna ME1 299 2 Unicamente o crente em Cristo pode receber vida eterna. Unicamente alimentando-nos continuamente da carne e do sangue de Cristo, podemos ter a certeza de ser participantes da natureza divina. Ninguém deve ser indiferente nesta questão, dizendo: Se somos honestos, não importa o que cremos. Não podeis com segurança ceder qualquer princípio de verdade vital para agradar-vos, a vós ou a quem quer que seja. Não procureis evitar a cruz. Se não recebermos nenhuma luz do Sol da justiça, não teremos ligação com a fonte de toda a luz; e se esta vida e luz não permanecer em nós, jamais nos salvaremos. ME1 299 3 Deus tomou todas as providências para que Seu propósito na criação do homem não seja frustrado por Satanás. Depois de Adão e Eva, por sua desobediência, haverem introduzido a morte no mundo, foi provido à raça humana um custoso sacrifício. Foi-lhes atribuído um valor mais alto do que possuíam originalmente. Dando Cristo, Seu Filho unigênito, como resgate para o mundo, Deus deu todo o Céu. ME1 299 4 A aceitação de Cristo proporciona valor ao ser humano. Seu sacrifício leva vida e luz a todos os que tomam a Cristo como seu Salvador pessoal. O amor de Deus, por meio de Jesus Cristo é derramado no coração de todo membro de Seu corpo, levando consigo a vitalidade da lei de Deus, o Pai. Assim pode Deus habitar com o homem, e o homem habitar com Deus. Declarou Paulo: "já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim." Gálatas 2:20. ME1 300 1 Se pela fé o homem se torna um com Cristo, pode ele alcançar a vida eterna. Deus ama os que são remidos por Cristo, tal qual Ele ama a Seu Filho. Que pensamento este! Poderá Deus amar ao pecador tanto como ama a Seu próprio Filho? -- Sim; Cristo o disse, e o que Ele diz é exato. Ele honrará todos os nossos pedidos se por viva fé nos apoderarmos de Suas promessas e pusermos nEle nossa confiança. Olhai para Ele e vivei. Todos os que obedecem a Deus são incluídos na oração que Cristo apresentou ao Pai. "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja." João 17:26. Maravilhosa verdade, demasiado difícil para a humanidade compreender! ME1 300 2 Declara Cristo: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome; e quem crê em Mim nunca terá sede." João 6:35. "A vontade dAquele que Me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nEle, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:40. "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim tem a vida eterna." João 6:47. "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia. Porque a Minha carne verdadeiramente é comida, e o Meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre." João 6:53-58. "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. ------------------------Capítulo 44 -- O Salvador ressurgido ME1 301 1 "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Aquele que disse: "Dou a Minha vida para tornar a tomá-la" (João 10:17), ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo. A humanidade morreu; a divindade não morreu. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder de romper os laços da morte. Declara Ele que tem vida nEle mesmo, para dar vida a quem quer. ME1 301 2 Todos os seres criados vivem pela vontade e poder de Deus. São recipientes da vida do Filho de Deus. Por hábeis e talentosos que sejam, e grandes suas capacidades, são providos de vida da Fonte de toda a vida. É Ele a fonte, o manancial da vida. Unicamente Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz e vida, poderia dizer: "Tenho poder para a dar [a vida], e poder para tornar a tomá-la." João 10:18. ME1 301 3 As palavras de Cristo: "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), foram ouvidas distintamente pela guarda romana. Todo o exército de Satanás as ouviu. E nós as compreendemos ao ouvi-las. Cristo viera para dar a vida em resgate de muitos. Como o Bom Pastor, depusera Ele a vida pelas ovelhas. Fazia parte da justiça de Deus manter Sua lei infligindo a pena. Era esta a única maneira em que a lei podia ser mantida, e pronunciada santa, e justa e boa. Foi a única maneira pela qual ao pecado se podia dar o aspecto de muitíssimo maligno, e ser mantida a honra e a majestade da autoridade divina. ME1 302 1 A lei do governo de Deus devia ser engrandecida pela morte do unigênito Filho de Deus. Cristo arcou com a culpa dos pecados do mundo. Nossa suficiência só se encontra na encarnação e morte do Filho de Deus. Ele pôde sofrer, porque foi sustido pela divindade. Ele pôde suportar, porque era sem uma mancha de deslealdade ou pecado. Cristo triunfou em favor do homem, ao assim suportar a justiça da punição. Ele assegurou aos homens a vida eterna, exaltando a lei e fazendo-a gloriosa. ME1 302 2 Cristo foi investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens. "Eu vim", diz Ele, "para que tenham vida, e a tenham com abundância." João 10:10. "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:54. "Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna." João 4:14. ME1 302 3 Todos os que, pela fé em Cristo, são um com Ele, alcançam uma experiência que é vida para vida eterna. "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim." João 6:57. Esse "permanece em Mim e Eu nele". João 6:56. "Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:54. "Porque Eu vivo, vós também vivereis." João 14:19. ME1 302 4 Cristo tornou-Se um com a humanidade, para que a humanidade se tornasse um com Ele, em espírito e vida. Em virtude desta união, em obediência à Palavra de Deus, Sua vida torna-se a vida deles. Diz Ele aos penitentes: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. A morte é por Cristo considerada um sono -- silêncio, trevas, sono. A ela Se refere como se fosse de pouca importância. "Todo aquele que vive, e crê em Mim", diz Ele, "nunca morrerá." João 11:26. "Se alguém guardar a Minha palavra, nunca provará a morte." João 8:52. Nunca verá a morte. João 8:51. E para o crente, a morte é apenas questão de pouca importância. Para ele, morrer é apenas dormir. "Também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele." 1 Tessalonicenses 4:14. ME1 303 1 Enquanto as mulheres faziam conhecida sua mensagem como testemunhas do Salvador ressurreto, e enquanto Jesus Se preparava para Se revelar a grande número de Seus seguidores, outra cena se desenrolava. A guarda romana tivera ensejo de ver o poderoso anjo que cantara o cântico de triunfo por ocasião do nascimento de Cristo, e ouvir os anjos que agora cantavam o hino do amor remidor. Quando lhes foi permitido contemplar a cena maravilhosa, desmaiaram e ficaram como mortos. Quando o cortejo celeste foi oculto aos seus olhos, ergueram-se e se encaminharam para a cancela do horto, tão depressa quanto seus membros vacilantes os puderam levar. Cambaleando como homens cegos ou bêbados, faces pálidas como as dos mortos, disseram àqueles com os quais se encontravam, as maravilhosas cenas que haviam testemunhado. Mensageiros os precederam rapidamente aos principais sacerdotes e príncipes, declarando, o melhor que podiam, os notáveis incidentes que haviam ocorrido. ME1 303 2 Os guardas se encaminharam primeiro a Pilatos, mas os sacerdotes e príncipes mandaram buscá-los à sua presença. Aqueles endurecidos soldados apresentavam um aspecto estranho, ao darem seu testemunho da ressurreição de Cristo e também da multidão que com Ele havia ressurgido. Disseram aos principais sacerdotes o que tinham visto junto ao sepulcro. Não tiveram tempo para pensar ou falar senão a verdade. Mas os príncipes ficaram aborrecidos com o relato. Sabiam que se dera grande publicidade ao julgamento de Cristo, efetuando-o por ocasião da Páscoa. Sabiam que os maravilhosos acontecimentos ocorridos -- a treva sobrenatural, o violento terremoto -- não podiam ter ficado sem efeito, e planejaram imediatamente um modo de enganar o povo. Os soldados foram subornados, para relatar uma falsidade. ------------------------Capítulo 45 -- As primícias ME1 304 1 Quando Cristo, na cruz, bradou: "Está consumado" (João 19:30), houve violento terremoto, que rompeu as sepulturas de muitos que tinham sido fiéis e leais, dando seu testemunho contra toda obra má, e exaltando o Senhor dos exércitos. Quando o Doador de vida saiu do sepulcro, proclamando: "Eu sou a ressurreição e a vida" (João 11:25), chamou Ele esses santos da sepultura. Quando eram vivos, tinham dado valorosamente o seu testemunho em favor da verdade; agora, deviam ser testemunhas dAquele que os ressuscitara dentre os mortos. Estes, disse Cristo, não serão por mais tempo cativos de Satanás. Eu os redimi; trouxe-os da sepultura como primícias de Meu poder, para que estivessem comigo onde Eu estiver, para nunca mais verem a morte nem experimentarem tristeza. ME1 304 2 Durante Seu ministério, Jesus restaurou mortos à vida. Ressuscitou o filho da viúva de Naim, a filha de Jairo, e Lázaro; estes, porém, não foram revestidos de imortalidade. Depois de ressurgidos, continuaram sujeitos à morte. Mas os que ressurgiram da sepultura por ocasião da ressurreição de Cristo, ressurgiram para a vida eterna. Foram eles a multidão de cativos que ascendeu com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e a sepultura. ME1 305 1 Depois de Sua ressurreição, Cristo não Se mostrou a ninguém senão a Seus seguidores; não faltaram, porém, testemunhos acerca de Sua ressurreição. Os que ressurgiram com Cristo "apareceram a muitos" (Mateus 27:53), declarando: Cristo ressuscitou dos mortos, e nós ressuscitamos com Ele. Deram, na cidade testemunho do cumprimento da passagem: "Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos." Isaías 26:19. Estes santos contradisseram a mentira que os guardas romanos tinham sido subornados para propagar -- que os discípulos tinham vindo à noite e O tinham roubado. Esse testemunho não pôde ser silenciado. ME1 305 2 Cristo foi as primícias dos que dormem. Foi para glória de Deus que o Príncipe da vida fosse as primícias, o antítipo do molho movido. "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos." Romanos 8:29. Esta mesma cena, a ressurreição de Cristo dentre os mortos, fora pelos judeus celebrada em tipo. Quando amadureciam as primeiras espigas do cereal no campo, eram elas colhidas cuidadosamente; e quando o povo subia a Jerusalém, eram apresentadas ao Senhor como oferta de gratidão. O povo movia perante Deus o molho maduro, reconhecendo-O como o Senhor da seara. Depois desta cerimônia podia ser lançada a foice ao trigo, e juntada a colheita. ME1 305 3 Assim os que tinham ressurgido deviam ser apresentados ao Universo como um penhor da ressurreição de todos os que crêem em Cristo como seu Salvador pessoal. O mesmo poder que ergueu a Cristo dentre os mortos fará ressurgir Sua igreja, e glorificá-la-á com Cristo, como esposa Sua, acima de todos os principados, acima de todos os poderes, acima de todo nome que é mencionado, não só neste mundo, mas também nas cortes celestes, no mundo do alto. A vitória dos santos que dormem será gloriosa, na manhã da ressurreição. Terminará o triunfo de Satanás, ao passo que Cristo triunfará em glória e honra. O Doador da vida coroará de imortalidade a todos os que ressurgem da sepultura. Ascensão de Cristo ME1 306 1 Estava terminada a obra do Salvador na Terra. Chegara o tempo para voltar ao Seu lar celestial. "E levou-os [os discípulos] fora, até Betânia; e, levantando as Suas mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os Ele, Se apartou deles e foi elevado ao Céu." Lucas 24:50-51. ME1 306 2 Ao ascender Cristo, enquanto abençoa Seus discípulos, uma multidão de anjos O rodeia como uma nuvem. Cristo leva consigo a multidão de cativos. Ele mesmo levará ao Pai as primícias dos que dormiam, como prova de que é vencedor da morte e da sepultura. Junto aos portais da cidade de Deus, uma inumerável multidão de anjos aguardam Sua vinda. Ao aproximarem-se, os anjos da escolta dirigem-se ao grupo junto do portal, em tons triunfantes: ME1 306 3 "Levantai, ó portas, as vossas cabeças; Levantai-vos, ó entradas eternas, E entrará o Rei da glória." ME1 306 4 "Quem é este Rei da glória?" indagam os anjos que esperam. ME1 306 5 "O Senhor forte e poderoso, O Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; Levantai-vos, ó entradas eternas, E entrará o Rei da glória." ME1 306 6 De novo perguntam os anjos que esperavam: "Quem é este Rei da glória?" e os anjos da escolta respondem, em acordes melodiosos: "O Senhor dos Exércitos; Ele é o Rei da glória." Salmos 24:7-10. Então se abrem de par em par os portais da cidade de Deus, e irrompe para dentro a multidão angélica. ME1 306 7 Ali está o trono, e em volta dele o arco-íris da promessa. Ali estão serafins e querubins. Os anjos rodeiam a Cristo, mas Ele acena para que retrocedam. Vai Ele à presença do Pai. Refere-Se ao Seu triunfo nesse antítipo de Si mesmo -- o molho movido -- os que ressurgiram com Ele, representantes dos cativos mortos que hão de sair das sepulturas quando soar a trombeta. Aproxima-Se do Pai, e se há júbilo no Céu sobre um pecador que se arrepende, se o Pai Se regozija, com cânticos, sobre um só, imaginemos essa cena. Diz Cristo: Pai, está consumado. Cumpri a Tua vontade, ó Meu Deus! Completei a obra da redenção. Se Tua justiça está satisfeita, "aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo". João 17:24. E ouve-se a voz de Deus; foi satisfeita a justiça; vencido está Satanás. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. Os braços do Pai estreitam o Filho, e ouve-se-lhe a voz, dizendo: "Todos os anjos de Deus O adorem." Hebreus 1:6. ------------------------Capítulo 46 -- Um divino portador de pecados ME1 308 1 Pela desobediência Adão caiu. Foi quebrantada a lei de Deus. O governo divino foi desonrado, e a justiça exigia que fosse paga a pena da transgressão. ME1 308 2 Para salvar a raça humana da morte eterna, o Filho de Deus ofereceu-Se voluntariamente para sofrer a punição da desobediência. Unicamente pela humilhação do Príncipe do Céu podia ser removida a desonra, satisfeita a justiça, e o homem recuperar aquilo que perdera pela desobediência. Não havia outro caminho. Vir um anjo à Terra, passar pelo terreno em que Adão tropeçou e caiu, não teria bastado. Isso não poderia ter removido uma única mancha do pecado, nem proporcionado uma só hora de graça. ME1 308 3 Cristo, igual a Deus, o resplendor da glória do Pai, "e a expressa imagem da Sua Pessoa" (Hebreus 1:3), revestiu de humanidade a Sua divindade, e desceu à Terra para sofrer e morrer pelos pecadores. O unigênito Filho de Deus humilhou-Se, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Trazendo em Seu corpo a maldição do pecado, colocou a felicidade e a imortalidade ao alcance de todos. ME1 309 1 Alguém honrado por todo o Céu veio a este mundo para, revestido da natureza humana, postar-Se à cabeceira da humanidade, testificando aos anjos caídos e aos habitantes dos mundos não caídos que, pelo auxílio divino que foi provido, todos podem andar na vereda da obediência aos mandamentos de Deus. O Filho de Deus morreu por aqueles que não tinham direito ao Seu amor. Por nós sofreu Ele tudo que Satanás pôde apresentar contra Ele. ME1 309 2 Maravilhoso -- quase maravilhoso demais para que o homem o compreenda -- é o sacrifício do Salvador em nosso favor, simbolizado em todos os sacrifícios do passado, em todos os rituais do santuário típico. E esse sacrifício era exigido. Quando reconhecemos que Seu sofrimento era necessário para assegurar nosso bem-estar eterno, nosso coração fica tocado e enternecido. Ele Se deu em penhor para efetuar nossa salvação plena, de modo satisfatório às reivindicações da justiça de Deus, e coerente com a exaltada santidade de Sua lei. ME1 309 3 Ninguém menos santo do que o Unigênito do Pai, poderia ter oferecido um sacrifício que fosse eficaz para purificar a todos -- mesmo os mais pecadores e degradados -- os que aceitam o Salvador como sua expiação e se tornam obedientes à lei do Céu. Nada menos poderia ter restaurado o homem ao favor de Deus. ME1 309 4 Que direito tinha Cristo de arrebatar das mãos do inimigo os cativos? -- O direito de ter feito um sacrifício que satisfaz aos princípios da justiça pelos quais é governado o reino dos Céus. Veio Ele à Terra como Redentor do gênero humano perdido, para vencer o astuto inimigo e, por Sua firme fidelidade ao que é reto, salvar todos os que O aceitem como seu Salvador. Na cruz do Calvário pagou Ele o preço da redenção da raça humana. E assim adquiriu o direito de arrebatar os cativos das garras do grande enganador, que, por uma mentira, formulada contra o governo de Deus, causou a queda do homem, perdendo assim todo o direito de ser chamado súdito leal do glorioso e eterno reino de Deus. ME1 309 5 Nosso resgate foi pago por nosso Salvador. Ninguém precisa ser escravizado por Satanás. Cristo está presente, como nosso ajudador Todo-poderoso. "Convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." Hebreus 2:17-18. ME1 310 1 "Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome. ...E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós... cheio de graça e de verdade. ... E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça." João 1:11-16. ME1 310 2 Os que são adotados na família de Deus são transformados pelo Seu Espírito. A condescendência consigo mesmo e o supremo amor do próprio eu, transformam-se em abnegação e supremo amor a Deus. Homem algum herda a santidade como direito de primogenitura, nem pode, por quaisquer métodos que planeje, tornar-Se leal a Deus. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podeis fazer." João 15:5. A justiça humana é qual "trapos de imundícia". Mas com Deus todas as coisas são possíveis. Na força do Redentor, o fraco e erradio homem pode tornar-Se mais que vencedor do mal que o rodeia. ------------------------Capítulo 47 -- A verdade como é em Jesus ME1 311 1 Dando Seu Filho unigênito para morrer pelos pecadores, Deus manifestou ao homem caído um amor sem paralelo. Temos plena fé na passagem que diz: "Deus é amor" (1 João 4:8); e todavia muitos perverteram vergonhosamente esta palavra, caindo em perigoso erro por causa de uma falsa interpretação de seu sentido. A santa lei de Deus é a única norma pela qual podemos avaliar a afeição divina. Se não aceitarmos a lei de Deus como nossa norma, propor-nos-emos, nós mesmos, uma norma. Deus nos deu preciosas promessas de Seu amor, mas nós não devemos atribuir a Jeová uma ternura que O leve a passar por alto a culpa de fechar os olhos à iniqüidade. ME1 311 2 O Criador ama Suas criaturas, mas aquele que amar mais o pecado do que a justiça, mais o erro do que a verdade, perpetua a transgressão que trouxe a miséria sobre nosso mundo, e não pode ser considerado com favor pelo Deus da verdade. O caminho da verdade e justiça implica numa cruz. Muitos interpretam mal as reivindicações de Deus, fazendo-as significar qualquer coisa que não lhes perturbe a consciência ou lhes traga inconvenientes em suas relações comercias; a verdade, porém, é o único meio de santificação. ME1 312 1 O amor de Deus, como foi manifestado em Jesus, levar-nos-á a ter um verdadeiro conceito do caráter de Deus. Ao contemplarmos a Cristo, traspassado por nossos pecados, veremos que não podemos transgredir a lei de Deus e permanecer em Seu favor; sentiremos que, como pecadores, temos de apoderar-nos dos méritos de Cristo e deixar de pecar. Então nos aproximaremos de Deus. Logo que tenhamos uma visão correta do amor de Deus, não teremos disposição para dele abusar. ME1 312 2 A cruz de Cristo testifica da imutabilidade da lei de Deus -- testifica de que Deus de tal maneira nos amou que deu Seu Filho para morrer por nossos pecados; Cristo, porém, não veio para destruir a lei senão para cumpri-la. Nem um jota ou um til do padrão moral de Deus podia ser mudado para vir ao encontro do homem em sua condição de caído. Jesus morreu para que pudesse imputar ao pecador arrependido a Sua própria justiça, e tornar ao homem possível guardar a lei. ME1 312 3 O amor de Deus é infinito, e todavia o pecador não podia ser perdoado a não ser através do plano da redenção, que envolveu a vergonha, o vitupério, a ignomínia e morte do Filho de Deus. Este fato deveria banir dos espíritos arrazoadores a idéia entretida por muitos que pretendem a santificação -- idéia de que Sua morte pôs termo à obediência à lei de Deus. Devemos todos os dias aprender do grande plano da salvação, na escola de Cristo. Deixando de aprender, deixaremos de ser alunos na escola de Cristo. Mas se formos estudantes, sob a instrução do Mestre divino, abrir-se-nos-á o entendimento, e aprenderemos coisas maravilhosas da lei de Deus. ME1 312 4 Andemos cuidadosamente perante o Senhor; pensemos quantas vezes quebrantamos nossos votos e manchamos nossas melhores resoluções, quantas vezes na presença de grande luz nos volvemos de Deus e buscamos nossos ídolos. É altamente apropriado que nos humilhemos sob a poderosa mão de Deus. Maturidade na experiência cristã ME1 312 5 É natural fazermos de nós mais alto conceito do que devíamos; mas embora seja penoso conhecermo-nos tal qual somos, devemos orar para que Deus nos revele a nós mesmos, tal como Ele nos vê. Mas não devemos cessar de orar, depois de termos simplesmente pedido uma revelação de nós mesmos; devemos orar para que Jesus nos seja revelado, como um Salvador que perdoa os pecados. Quando vemos a Jesus tal qual Ele é, despertam-se em nosso coração sinceros desejos de nos livrarmos do próprio eu, para sermos cheios de toda a plenitude de Cristo. Sendo esta nossa experiência, faremos bem uns aos outros, e empregaremos todos os meios ao nosso alcance para chegar à piedade. Temos de purificar a alma de toda a imundícia da carne e do espírito, e aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. ME1 313 1 O amor de um Deus santo é um princípio maravilhoso, capaz de mover o Universo em nosso favor, durante as horas de nossa prova e teste. Mas, passado o período de nossa prova, se formos achados transgressores da lei de Deus, encontraremos no Deus de amor um ministro de vingança. Deus não Se compromete com o pecado. Os desobedientes serão punidos. A ira de Deus recaiu sobre Seu amado Filho, ao pender Cristo da cruz do Calvário, em lugar do transgressor. O amor de Deus agora se expande para incluir o mais baixo e vil pecador que, contrito, venha a Cristo. Estende-se para transformar o pecador num obediente e fiel filho de Deus; mas nenhuma alma pode ser salva se continuar em pecado. ME1 313 2 O pecado é a transgressão da lei, e o braço que é agora poderoso para salvar, será forte para punir quando o transgressor ultrapassar as fronteiras que limitam a paciência divina. Aquele que se recuse a buscar a vida, que não esquadrinhe as Escrituras para ver que é a verdade, a fim de que não seja condenado em suas práticas, será abandonado à cegueira do espírito e aos enganos de Satanás. Na mesma medida em que os penitentes e obedientes são protegidos pelo amor de Deus, os impenitentes e desobedientes serão deixados aos resultados de sua ignorância e dureza de coração, porque não recebem o amor da verdade para que se salvem. ME1 313 3 Há muitos que professam a Cristo, mas nunca se tornam cristãos amadurecidos. Admitem que o homem caiu, que suas faculdades estão enfraquecidas, que ele está incapacitado para as realizações morais, mas dizem que Cristo arcou com todo o peso, todo o sofrimento, toda a abnegação, e estão dispostos a deixar que Ele isso faça. Dizem eles que não há coisa alguma que devam fazer senão crer; Cristo, porém, disse: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mateus 16:24. Jesus guardou os mandamentos de Deus. Diziam os fariseus que Ele quebrantava o quarto mandamento porque curou completamente um homem em dia de sábado; Jesus, porém, volvendo-Se aos acusadores fariseus, perguntou: "É lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar? E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele assim o fez, e a mão lhe foi restituída sã como a outra. E ficaram cheios de furor, e uns com os outros conferenciavam sobre o que fariam a Jesus." Lucas 6:9-11. ME1 314 1 Este milagre, em vez de convencer os fariseus de que Jesus era o Filho de Deus, encheu-os de ira, porque muitos que haviam testemunhado o milagre glorificavam a Deus. Jesus declarou que Sua obra de misericórdia era lícita em dia de sábado. Diziam os fariseus não ser lícita. A qual deles creremos? Disse Cristo: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai, e permaneço no Seu amor." João 15:10. É, pois, inteiramente seguro seguirmos o caminho de Cristo e guardar os mandamentos. Deus nos deu faculdades que devem ser constantemente exercitadas, cooperando com Jesus, operando nossa salvação com temor e tremor, pois é Deus quem opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. O progresso não deve cessar ME1 314 2 Jamais devemos repousar num estado de satisfação, e deixar de fazer progresso, dizendo: "Estou salvo." Se é entretida esta idéia, deixam de existir os motivos para a vigilância, a oração, o esforço sincero em seguir para a frente, rumo de realizações mais elevadas. Nenhuma língua santificada será encontrada pronunciando essas palavras antes que venha Cristo, e entremos pelas portas da cidade de Deus. Então, com a maior propriedade, poderemos dar glória a Deus e ao Cordeiro, pelo livramento eterno. Enquanto o homem estiver carregado de fraquezas -- pois por si mesmo não pode salvar a alma -- não deve nunca atrever-se a dizer: "Estou salvo." ME1 315 1 Não é aquele que se reveste da couraça que pode orgulhar-se da vitória, pois tem ele pela frente a batalha, e a vitória a ser alcançada. É o que persevera até ao fim, que será salvo. Diz o Senhor: "Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele." Hebreus 10:38. Se não avançarmos, de vitória em vitória, a alma recuará, para a perdição. Não devemos erguer uma norma humana, pela qual medir o caráter. Temos visto bastante do que os homens chamam perfeição cá embaixo. A santa lei de Deus é a única medida pela qual podemos determinar se estamos seguindo o Seu caminho ou não. Se somos desobedientes, nosso caráter estará fora de harmonia com a divina regra moral de governo, e é falso dizermos: "Estou salvo." Não é salvo ninguém que seja transgressor da lei de Deus, que é o fundamento do Seu governo, no Céu e na Terra. ME1 315 2 Os que ignorantemente se unem às fileiras do inimigo, e ecoam as palavras de seus mestres religiosos, junto ao púlpito, dizendo que a lei de Deus não mais é obrigatória para a família humana, esses receberão luz para descobrir seus erros, se aceitarem as evidências da Palavra de Deus. Jesus foi o anjo envolto na coluna de nuvem durante o dia e na coluna de fogo à noite, e deu Ele instrução especial para que os hebreus ensinassem a lei de Deus, dada quando foram lançados os fundamentos da Terra, quando as estrelas da manhã juntas cantavam e todos os filhos de Deus se rejubilavam. ME1 315 3 A mesma lei foi proclamada solenemente por Sua própria voz, no Sinai. Disse Ele: "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos." Deuteronômio 6:6-8. Quão impacientes se tornam os transgressores da lei de Deus quando é mencionada a lei! Irritam-se ao ouvir sua menção. ME1 315 4 A Palavra de Deus é tornada sem efeito por falsidades e tradições. Satanás apresentou ao mundo a sua versão da lei de Deus, e ela tem sido aceita, de preferência a um claro "assim diz o Senhor". A luta iniciada no Céu, em torno da lei de Deus, continuou na Terra desde a expulsão de Satanás, do Céu. ME1 316 1 Devemos continuamente buscar saber qual nossa grande necessidade, a fim de apreciar nosso Salvador, e torná-Lo conhecido aos outros. Só poderemos descobrir as profundezas de nossa transgressão pelo comprimento da cadeia que foi baixada para nos erguer. Devemos lançar nossas faculdades mentais à tarefa de compreender a terrível ruína que nos trouxe o pecado, e devemos buscar compreender o plano divino pelo qual podemos ser restaurados ao favor de Deus. O fato de que o amado Filho de Deus teve de vir ao nosso mundo para combater as nossas pelejas em nosso favor, a fim de que tivéssemos forças para vencer em Seu nome, deve sempre humilhar nosso orgulhoso coração. Se olharmos à cruz do Calvário, toda o orgulho nos morrerá nos lábios, e bradaremos: "Imundo, indigno de tão grande sofrimento, de tão alto preço pago por minha redenção." ME1 316 2 Ignorância e presunção vão de mãos dadas. A lei de Deus foi dada para regular nossa conduta, e é de vasto alcance em seus princípios. Não há pecado, não há obra de injustiça que escape à condenação da lei. O grande livro de estatutos é verdade, e verdade tão-somente, pois esboça com infalível exatidão a história do engano de Satanás e da ruína de seus seguidores. Satanás alegava ser capaz de apresentar leis melhores do que os estatutos e juízos de Deus, e foi ele expulso do Céu. Fez tentativas semelhantes na Terra. Desde sua queda tem feito esforços para enganar o mundo, para levar homens à ruína, para que se pudesse vingar de Deus, porque fora vencido e expulso do Céu. Sua atuação colocando-se, a si e às suas estratégias, no lugar em que Deus devia estar, são muitíssimo perseverantes e persistentes. Tomou ele cativo o mundo em sua cilada, e muitos, mesmo dentre o povo de Deus, ignoram os seus artifícios, e dão-lhe toda oportunidade que ele pede, para operar a ruína de almas. Não manifestam um ardente zelo por exaltar a Jesus e proclamar às multidões que perecem: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. ME1 316 3 Os que não conhecem as leis do governo de Deus, como foram expostas no Monte, desconhecem a verdade como é em Jesus. Cristo revelou os vastos princípios da lei; expôs cada preceito e demonstrou por Seu exemplo cada um de seus reclamos. A pessoa que conheça a verdade tal como se acha na lei, conhece a verdade como é em Jesus; e se, pela fé em Cristo, prestar obediência aos mandamentos de Deus, sua vida se achará escondida com Cristo em Deus. ME1 317 1 O conhecimento das reivindicações da lei extinguiria de nossa alma o último raio de esperança, se não tivesse sido provido ao homem um Salvador; mas a verdade, como é em Jesus, é um cheiro de vida para vida. O amado Filho de Deus morreu para que Deus pudesse imputar ao homem a Sua própria justiça, e não para que o homem ficasse na liberdade de quebrantar a santa lei de Deus, como Satanás procura fazer crer os homens. Pela fé em Cristo, pode o homem estar de posse do poder moral para resistir ao mal. Santificação, obra de toda a vida ME1 317 2 A obra da santificação é obra de uma vida inteira; tem de prosseguir constantemente; essa obra, entretanto, não pode prosseguir no coração enquanto for rejeitada ou negligenciada a luz sobre qualquer parte da verdade. A alma santificada não se contentará com permanecer em ignorância, mas desejará andar na luz e buscar luz maior. Como o mineiro cava em busca de ouro e prata, assim o seguidor de Cristo buscará a verdade como a tesouros escondidos, e avançará de uma luz para uma luz maior, sempre crescendo em conhecimento. Crescerá constantemente em graça e no conhecimento da verdade. O próprio eu tem de ser vencido. Todo defeito de caráter tem de ser discernido, no grande espelho de Deus. Podemos descobrir se somos ou não condenados pela divina norma de caráter. ME1 317 3 Se estais condenados, há um só procedimento a seguir: tereis de arrepender-vos para com Deus, por causa da transgressão de Sua lei, e ter fé para com nosso Senhor Jesus Cristo como Único que pode purificar do pecado. Se quisermos alcançar o Céu, temos de ser obedientes aos santos requisitos de Deus. Os que lutam legalmente, não lutarão em vão. Crede, apenas, na verdade como é em Jesus, e sereis fortalecidos para a batalha com os poderes das trevas. Os lutadores de outrora porfiavam por alcançar uma coroa perecível, e não deveríamos nós lutar por alcançar a coroa eterna? ME1 318 1 Satanás porá em campo todas as artes e artifícios para conseguir nossa ruína. Se vos assentardes com os que amam o comodismo, tendo nos lábios as palavras: "Estou salvo", e desrespeitardes os mandamentos de Deus, perder-vos-eis eternamente. Há em Jesus verdades que são terríveis para os comodistas, os indolentes. Há em Jesus verdade plena de suave alegria para os obedientes. É a alegria do Espírito Santo. Persuadi-vos, pois, a abrir a mente e o coração, para que possais ver todo raio de luz que resplandeça do trono de Deus. ME1 318 2 Não é agora tempo para ficar indiferente e descuidado, e amante dos prazeres. Cristo vem, com poder e grande glória. Estais prontos? Estais abandonando vossos pecados? Estais vos santificando mediante a verdade, em resposta à oração de Cristo? Orou Ele, acerca de Seus discípulos: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." João 17:17. ME1 318 3 Devem os pais criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor, educando-os de modo a amarem a vontade de Deus. É nos impossível sobrestimar as vantagens da piedade juvenil. As impressões recebidas na juventude são para muitos duradouras como a eternidade. É na juventude que os estatutos e mandamentos de Deus são mais facilmente inscritos nas tábuas da alma. A instrução das crianças tem sido grandemente negligenciada; a justiça de Cristo não lhes tem sido apresentada como devia. ME1 318 4 O tempo de graça nos é concedido para que possamos aperfeiçoar o caráter para a eternidade. Quão solene, pais, é o pensamento de que vossos filhos estão em vossas mãos para os educardes e preparardes a fim de que possam desenvolver um caráter que Deus aprove, ou um caráter do qual Satanás e seus anjos aproveitem, de acordo com sua vontade! Jesus falou, da coluna de nuvem e de fogo, ordenando ao Seu povo que instruíssem seus filhos diligentemente, acerca dos mandamentos de Deus. Quem está obedecendo a essa instrução? Quem está procurando educar os filhos do modo aprovado por Deus? Quem tem sempre presente que todos os talentos e dons de seus filhos pertencem a Deus, e devem ser consagrados inteiramente ao Seu serviço? ME1 319 1 Ana dedicou Samuel ao Senhor, e Deus revelou-Se-lhe na infância e juventude. Devemos trabalhar muito mais por nossas crianças e pelos jovens, pois Deus os aceitará para fazerem grandes coisas em Seu nome, no sentido de ensinarem a verdade aos de terras estrangeiras, aos que se acham nas trevas do erro e da superstição. Se fordes condescendentes com vossos filhos satisfazendo os seus desejos egoístas; se neles animardes o amor do vestuário, e desenvolverdes a vaidade e o orgulho, fareis uma obra que decepcionará a Jesus, que por sua redenção pagou preço infinito. Deseja Ele que os filhos O sirvam com afeição indivisa. ME1 319 2 Pais, há uma grande obra a fazerdes por Jesus, que tudo fez por vós. Tomai-O como vosso guia e auxiliador. Deus não reteve de vós o melhor dom que tinha para dar -- Seu Filho unigênito. As crianças e os jovens não devem ser impedidos de ir a Jesus. Satanás procura prender a si as crianças, como com cordas de aço, e vós só alcançareis êxito em levá-las a Jesus mediante resoluto esforço pessoal. As crianças e os jovens devem receber em seu favor trabalho mais fervoroso, pois são a esperança da igreja. José, Daniel e seus companheiros, Samuel, Davi, João e Timóteo são exemplos brilhantes, que atestam o fato de que "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Provérbios 9:10. ME1 319 3 Temos de fazer mais fervorosos e decididos esforços, se quisermos que o Senhor Jesus permaneça conosco como conselheiro e auxiliador. A luz que resplandece do Filho de Deus, no Calvário, pode conduzir ao lar todo peregrino. Há nEle poder para purificar o coração e transformar o caráter. Trabalhe todo verdadeiro cristão pelas crianças e jovens, apresentando-lhes a incomparável amabilidade de Jesus. Então os atrativos e as ilusões do mundo serão eclipsados, e não verão vantagens por serem alcançadas na vereda da desobediência. ------------------------Capítulo 48 -- A norma divina ME1 320 1 Os mandamentos de Deus abrangem muito e são de vasto alcance; em poucas palavras desdobram todo o dever do homem. "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças. ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Marcos 12:30-31. Nessas palavras se compreendem o comprimento e a largura, a profundidade e a altura da lei de Deus; pois declara Paulo: "O cumprimento da lei é o amor." Romanos 13:10. A única definição de pecado, encontrada na Bíblia, é: "O pecado é a transgressão da lei." 1 João 3:4. A Palavra de Deus declara: "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." Romanos 3:23. "Não há quem faça o bem, não há nem um só." Romanos 3:12. Muitos se enganam acerca do estado de seu coração. Não entendem que o coração natural é enganoso mais que todas as coisas, e perverso. Envolvem-se em sua própria justiça, e satisfazem-se com alcançar sua própria norma humana de caráter; mas quão fatalmente fracassam quando não alcançam a norma divina, e por si mesmos não podem satisfazer as reivindicações de Deus! ME1 321 1 Podemos medir-nos por nós mesmos, podemos comparar-nos uns aos outros, podemos dizer que procedemos tão bem como Fulano ou Sicrano, mas a pergunta para a qual o juízo exigirá resposta é: Satisfazemos as reivindicações dos altos Céus? Alcançamos o padrão divino? Está nosso coração em harmonia com o Deus do Céu? ME1 321 2 Toda a família humana transgrediu a lei de Deus, e como transgressor da lei, o homem está desesperançadamente arruinado, pois ele é inimigo de Deus, sem forças para fazer qualquer coisa boa. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." Romanos 8:7. Olhando ao espelho moral -- a santa lei de Deus -- o homem se vê como pecador, e convence-se de seu estado mau, sua condenação sem esperanças, sob a justa penalidade da lei. Mas não foi ele abandonado ao estado de miséria sem esperança, no qual o pecado o mergulhou; pois foi para salvar da ruína o transgressor que Aquele que era igual a Deus ofereceu Sua vida em holocausto no Calvário. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Nosso sacrifício expiatório ME1 321 3 Jesus era a majestade do Céu, o amado Comandante dos anjos, que Se deleitava em fazer a vontade de Deus. Era Ele um com Deus, "no seio do Pai" (João 1:18), e no entanto não julgou dever desejar ser igual a Deus enquanto o homem se achava perdido em pecado e miséria. Baixou de Seu trono, deixou Sua coroa e cetro real, e revestiu de humanidade a Sua divindade. Humilhou-Se até a morte de cruz, a fim de que pudesse o homem ser exaltado a um lugar com Ele, em Seu trono. NEle temos uma oferta completa, um infinito sacrifício, um poderoso Salvador, capaz de salvar perfeitamente todos os que por Ele se chegam a Deus. Com amor vem Ele revelar o Pai, para reconciliar com Deus o homem, para fazê-lo nova criatura, renovado segundo a imagem dAquele que o criou. ME1 321 4 Jesus é nosso sacrifício expiatório. Nós não podemos fazer expiação por nós próprios; mas pela fé podemos aceitar a expiação que foi feita. "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus." 1 Pedro 3:18. "Não foi com coisas corruptíveis, ... que fostes resgatados, ... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado." 1 Pedro 1:18-19. Foi mediante infinito sacrifício e inexprimível sofrimento que nosso Redentor pôs a redenção ao nosso alcance. Passou Ele por este mundo, desconhecido e sem receber honras, para que, por Sua maravilhosa condescendência e humilhação, pudesse exaltar o homem de modo a receber este honras eternas e imorredouras alegrias nas cortes celestiais. Durante Seus trinta anos de vida na Terra Seu coração foi moído por inconcebível angústia. A vereda da manjedoura ao Calvário, foi nublada de dor e tristeza. Era um Varão de dores, experimentado nos trabalhos, suportando padecimentos que nenhuma linguagem humana é capaz de descrever. Poderia Ele em verdade ter dito: "Atendei, e vede, se há dor como a Minha dor." Lamentações 1:12. Odiando o pecado com ódio perfeito, todavia cumulou sobre a própria alma os pecados do mundo todo. Sem culpa, sofreu o castigo do culpado. Inocente, ofereceu-Se todavia como substituto do transgressor. A culpa de todo pecado fazia sentir seu peso sobre a divina alma do Redentor do mundo. Os maus pensamentos, as palavras más, as más ações de todo filho e filha de Adão, exigiam que a retribuição caísse sobre Ele, pois tornara-Se substituto do homem. Conquanto não fosse dEle a culpa do pecado, Seu espírito foi ferido e dilacerado pelas transgressões dos homens, e Aquele que não conhecia pecado tornou-Se pecado por nós, para que fôssemos feitos justiça de Deus nEle. ME1 322 1 Voluntariamente nosso divino Substituto desnudou a alma à espada da justiça, a fim de que nós não perecêssemos mas tivéssemos a vida eterna. Disse Cristo: "Dou a Minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém Ma tira de Mim, mas Eu de Mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la." João 10:17-18. Homem algum da Terra nem anjo do Céu poderia ter pago a pena do pecado. Jesus era o único que podia salvar o rebelde homem. NEle se combinaram divindade e humanidade, e foi isso que deu eficiência à oferta na cruz do Calvário. Na cruz encontraram-se a misericórdia e a verdade, a justiça e a paz se beijaram. ME1 323 1 Ao contemplar o pecador o Salvador a morrer no Calvário, e reconhecer que o Sofredor é divino, pergunta ele por que motivo foi feito esse grande sacrifício, e a cruz aponta para a santa lei de Deus, que foi transgredida. A morte de Cristo é argumento irrespondível quanto à imutabilidade e a justiça da lei. Profetizando de Cristo, diz Isaías: "Engrandecerá Ele a lei, e a fará ilustre." Isaías 42:21 (VT). A lei não tem poder para perdoar ao malfeitor. Sua função é apontar os seus defeitos, para que ele reconheça a necessidade de Alguém poderoso para salvar, sua necessidade de Alguém que se torne seu substituto, seu penhor, sua justiça. Jesus satisfaz a necessidade do pecador, pois tomou sobre Si os pecados do transgressor. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5. Poderia o Senhor ter eliminado o pecador, destruindo-o totalmente; mas foi preferido o plano mais custoso. Em Seu grande amor Ele provê esperança para o desesperançado, dando Seu Filho unigênito para arcar com os pecados do mundo. E visto como derramou todo o Céu nesse único e rico dom, não reterá do homem nenhum auxílio necessário para que possa tomar a taça da salvação e tornar-se herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. Uma revelação do amor de Deus ME1 323 2 Cristo veio para manifestar o amor de Deus ao mundo, para atrair a Si o coração de todos os homens. Disse Ele: "Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim." João 12:32. O primeiro passo rumo da salvação é corresponder à atração do amor de Cristo. Deus envia aos homens mensagem após mensagem, instando com eles para que se arrependam, a fim de que os possa perdoar, escrevendo "perdão" junto de seus nomes. Não haverá arrependimento? Ficarão sem ser atendidos os Seus apelos? Deverão ser passadas por alto as Suas propostas de misericórdia, inteiramente rejeitado o Seu amor? Oh! neste caso o homem se excluirá do meio pelo qual pode ele alcançar a vida eterna, pois Deus só perdoa ao penitente! Pela manifestação do Seu amor, pela súplica de Seu Espírito, Ele convida o homem ao arrependimento; pois o arrependimento é dom de Deus, e aquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A mais doce alegria sobrevém ao homem mediante seu sincero arrependimento para com Deus, pela transgressão de Sua lei, e mediante a fé em Cristo como Redentor e Advogado do pecador. É para que os homens compreendam a alegria do perdão e da paz de Deus, que Cristo os atrai mediante a manifestação de Seu amor. Se correspondem à Sua atração, rendendo o coração a Sua graça, Ele os guiará passo a passo, a um pleno conhecimento dEle, e isto é vida eterna. ME1 324 1 Cristo veio para revelar ao pecador a justiça e o amor de Deus, a fim de que desse Ele arrependimento e remissão de pecados a Israel. Quando o pecador contempla a Jesus erguido na cruz, sofrendo a culpa do transgressor, suportando a pena do pecado; quando ele contempla o aborrecimento de Deus ao pecado, na terrível manifestação da morte na cruz, e Seu amor pelo homem caído, ele é levado ao arrependimento para com Deus por haver transgredido a lei, que é santa, justa e boa. Exerce ele fé em Cristo, por haver o divino Salvador Se tornado seu substituto, seu penhor e advogado, aquele em quem se concentra sua própria vida. Ao pecador arrependido pode Deus mostrar Sua misericórdia e verdade, e conceder-lhe Seu perdão e amor. ME1 324 2 Mas Satanás não permitirá que uma alma escape do cativeiro do pecado se, por qualquer meio, o puder evitar. Embora todo o Céu tenha sido entornado numa riquíssima dádiva -- pois quando Deus deu Seu Filho, deu a mais seleta dádiva do Céu, e os tesouros do Céu ficaram ao nosso dispor -- todavia à alma arrependida o inimigo procurará representar a Deus como severo e inexorável, indisposto a perdoar ao transgressor. Em ocasiões diversas têm-me chegado cartas de pessoas que se achavam em desespero por causa de seus pecados. Algumas pessoas têm escrito: "Temo que não possa mais haver auxílio para mim. Haverá para mim alguma esperança?" A essas pobres almas foi dada a mensagem: "Espere em Deus. O Pai tem bastante pão, e tem-no sobejo. Levante-se, e vá ter com seu Pai. Ele irá longe, ao seu encontro. Dar-lhe-á Seu amor e compaixão." ME1 325 1 Quando o inimigo sobrevém como uma inundação, e procura avassalar-vos com o pensamento de vosso pecado, dizei-lhe: "Bem sei que sou pecador. Se não fosse, não poderia chegar ao Salvador; pois Ele diz: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.' Marcos 2:17. E por ser eu pecador, tenho direito de chegar-me a Cristo. Sou pecaminoso e poluído, mas Ele sofreu humilhação e morte, e exauriu a maldição que me cabia. Vou a Ele. Creio. Reclamo Sua segura promessa: '...todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.'" João 3:16. ME1 325 2 Porventura semelhante súplica, feita com contrição de alma, será rejeitada? -- Não, nunca! Pelo sofrimento e morte de Cristo é provado Seu ilimitado amor ao homem. Ele está disposto a salvar perfeitamente a todos os que por Ele se chegam a Deus, e é capaz de fazê-lo. ME1 325 3 Portanto, como criancinhas, ide a Deus, apresentando-vos como suplicantes, aos Seus pés; pois não precisamos subir ao Céu para trazer Jesus cá embaixo; tampouco descer ao interior da Terra, para fazê-Lo subir; pois Ele está sempre perto de nós. Diz Ele: "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20. Quão disposto está Cristo para tomar posse do templo de nossa alma, se O deixarmos entrar! É Ele representado como esperando e batendo à porta do coração. Então, por que não entra? É porque o amor do pecado fechou a porta do coração. Logo que consintamos em renunciar ao pecado, reconhecendo nossa culpa, é removida a barreira entre a alma e o Salvador. ------------------------Capítulo 49 -- Entrega e confissão ME1 326 1 Mas ao arrepender-nos do pecado não precisamos penetrar numa cela, como fez Lutero, impondo-nos penitências para expiar nossa iniqüidade, pensando com isso ganhar o favor de Deus. É feita a pergunta: "Darei o meu primogênito pela minha transgressão? o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?" Miqueias 6:7-8. Diz o salmista: "A um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus." Salmos 51:17. João escreve: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados." 1 João 1:9. A única razão de não termos a remissão dos pecados é não reconhecermos Àquele a quem ferimos por nossas transgressões, a quem traspassamos por nossos pecados, que estamos em falta, e em necessidade de misericórdia. A confissão que é o desabafo do íntimo da alma encontrará caminho ao coração de infinita piedade, pois o Senhor está perto dAquele que tem o coração quebrantado, e salva os de espírito contrito. ME1 326 2 Quão enganados estão os que imaginam que a confissão do pecado lhes diminua a dignidade e atenue a influência entre seus semelhantes! Apegando-se a esta idéia errônea, embora vejam suas faltas, muitos deixam de confessá-las, mas antes passam por alto os males que fizeram a outros, amargurando assim a sua própria vida, e obscurecendo a vida de outros. Não ferirá vossa dignidade o confessar vossos pecados. Fora com esta falsa dignidade! Caí sobre a Rocha e quebrantai-vos, e Cristo vos concederá a verdadeira e celestial dignidade. Que nenhum orgulho, estima ou justiça próprias impeçam a alguém de confessar seu pecado, para que possa fazer jus à promessa: "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." Provérbios 28:13. Não retenhais coisa alguma de Deus, e não negligencieis a confissão de vossas faltas aos irmãos. "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis." Tiago 5:16. Muito pecado é deixado sem confessar, para defrontar o pecador no dia do ajuste final; muito melhor é afrontar vossos pecados agora, confessá-los e abandoná-los, enquanto o Sacrifício expiatório intercede em vosso favor. Não deixeis de conhecer a vontade de Deus neste assunto. A saúde de vossa alma e a salvação de outros dependem do procedimento que adoteis neste particular. "Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós." 1 Pedro 5:6-7. O coração humilde e quebrantado sabe apreciar alguma coisa do amor de Deus e da cruz do Calvário. Ampla será a bênção experimentada por aquele que satisfaz as condições sob as quais possa tornar-se participante do favor de Deus. Convite à entrega ME1 327 1 Devemos entregar nosso coração a Deus, para que nos renove e santifique, e nos habilite para Sua corte celestial. Não devemos esperar por alguma ocasião especial, mas entregar-nos a Ele hoje, recusando-nos a ser servos do pecado. Imaginais poder abandonar o pecado pouco a pouco? Oh! deixai de vez a coisa maldita! Odiai as coisas que Cristo odeia, amai as coisas que Cristo ama. Porventura não tomou Ele providências, mediante Sua morte e sofrimento, para vossa purificação do pecado? Quando começamos a compreender que somos pecadores, e então caímos sobre a Rocha a fim de sermos despedaçados, os braços eternos nos enlaçam, e somos levados bem perto do coração de Jesus. Então ficaremos encantados com Sua amabilidade e enojados de nossa justiça própria. Precisamos chegar-nos bem ao pé da cruz. Quanto mais ali nos humilharmos, tanto mais exaltado nos parecerá o amor de Deus. A graça e justiça de Cristo nada valerão àquele que se julga são, que se considera razoavelmente bom, que se contenta com sua própria condição. Não há lugar para Cristo no coração daquele que não reconheça sua necessidade de divina luz e auxílio. ME1 328 1 Diz Jesus: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos Céus." Mateus 5:3. Há plenitude de graça em Deus, e podemos ter Seu Espírito e poder em grande medida. Não vos alimenteis com as bolotas da justiça própria, mas ide ao Senhor. Ele tem as melhores vestes para vos dar, e Seus braços estão abertos para receber-vos. Cristo dirá: "Tirai-lhe estes vestidos sujos, e cobri-o com vestes novas." Como um pecador arrependido ME1 328 2 Esperaremos, porém, até que sintamos estar purificados? -- Não; Cristo prometeu que "se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. Sois provados por Deus mediante Sua Palavra. Não deveis esperar por emoções maravilhosas, antes de crerdes que Deus vos ouviu; os sentimentos não devem ser vosso critério, pois as emoções são mutáveis como as nuvens. Deveis ter alguma coisa sólida como fundamento de vossa fé. A palavra do Senhor é palavra de poder infinito, com o qual podeis contar, e Ele disse: "Pedi e recebereis." João 16:24. Olhai ao Calvário. Não disse Jesus ser Ele vosso advogado? Não disse Ele que se pedirdes qualquer coisa em Seu nome vós o recebereis? Não deveis confiar em vossa própria bondade ou boas obras. Deveis chegar confiantes no Sol da Justiça, crendo que Cristo tirou vossos pecados e vos imputou a Sua justiça. ME1 328 3 Deveis ir a Deus como pecador arrependido, em nome de Jesus, o Advogado divino, para um Pai misericordioso e perdoador, crendo que Ele fará justamente o que prometeu. Que os que desejam a bênção de Deus batam, e esperem junto ao trono de misericórdia, com firme confiança, dizendo: "Pois Tu, ó Senhor, disseste: 'Aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre.'" O Senhor anela que os que buscam a Deus creiam nAquele que é capaz de fazer todas as coisas. ME1 329 1 O Senhor tem procurado mostrar-nos quão pronto está Deus para ouvir e responder aos nossos pedidos, pelo uso de uma ocorrência muito familiar e comum. Disse Ele: "Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará bens aos que Lhos pedirem?" Mateus 7:9-11. Cristo nos fez um apelo a propósito da boa vontade de Deus em ajudar, argumentando com o amor natural do pai para com sua prole. Qual o pai que volva costas ao filho que lhe pede pão? Deve alguém desonrar a Deus imaginando que Ele não responderá aos apelos de Seus filhos? Pensaríamos que um pai seria capaz de gracejar com o filho, e atormentá-lo, suscitando sua expectativa tão-somente para desapontá-lo? Prometeria um pai dar bom e nutritivo alimento ao filho, dando-lhe então uma pedra? Se vós, pois, sendo humanos e maus, dais boas dádivas aos filhos, quanto mais vosso Pai que está no Céu, dará boas coisas aos que Lhas pedirem? O Senhor assegura aos que Lho pedem, que lhes dará o Espírito Santo. ME1 329 2 Com a confissão do pecador, arrependido e crente, Cristo mistura Sua própria justiça, para que a oração do homem caído suba como incenso fragrante perante o Pai, e a graça de Deus seja comunicada à alma crente. Diz Jesus à alma tímida e arrependida: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. "Vinde então, e argüi-Me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Isaías 1:18. Deixá-Lo-eis arrazoar convosco? Confiareis a Ele a guarda de vossa alma, como a um fiel Criador? Vinde então, e vivamos à luz de Seu semblante, e oremos, como fez Davi: "Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve." Salmos 51:7. Pela fé, aplicai o sangue de Cristo ao vosso coração, pois esse, unicamente, pode tornar-vos mais brancos que a neve. Dizeis, porém: "Esta renúncia de todos os meus ídolos me quebrantará o coração." Esse renunciar a tudo por amor de Deus é representado pelo cair sobre a Rocha e despedaçar-se. Renunciai, pois, a tudo, por amor dEle; pois a menos que vos despedaceis, nenhum valor tereis. ME1 330 1 Quando vos volverdes das cisternas rotas que não podem reter água, e em nome de Jesus, vosso Advogado, fordes diretamente a Deus, pedindo as coisas de que precisais, a justiça de Cristo se revelará como vossa justiça, a virtude de Cristo como vossa virtude. Compreendereis então que a justificação só virá pela fé em Cristo; pois em Jesus se revela a perfeição do caráter de Deus; em Sua vida se manifesta a operação dos princípios da santidade. Mediante o sangue expiador de Cristo, o pecador é liberto da escravidão e condenação; por meio da perfeição do imaculado Substituto e Penhor, pode ele empenhar-se na carreira de humilde obediência a todos os mandamentos de Deus. Sem Cristo acha-se ele sob a condenação da lei, sempre pecador; mas pela fé em Cristo torna-se justo perante Deus. ------------------------Capítulo 50 -- "Vinde, buscai, e encontrareis" ME1 331 1 É impossível, ao homem, salvar-se por si mesmo. Pode ele enganar-se com respeito a isso, mas não pode salvar-se. A justiça de Cristo, tão-somente, pode aproveitar para sua salvação, e é dom de Deus. Essas são as vestes das bodas com as quais podereis comparecer como bem-vindo hóspede na ceia das bodas do Cordeiro. Que vossa fé sem demora se apegue a Cristo, e sereis nova criatura em Jesus, sereis uma luz ao mundo. ME1 331 2 Cristo é chamado "o Senhor justiça nossa", e pela fé deve cada qual dizer: "O Senhor justiça minha." Quando a fé se apodera desse dom de Deus, o louvor de Deus estará em nossos lábios, e seremos habilitados a dizer aos outros: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Seremos então capazes de falar aos perdidos acerca do plano da salvação; que enquanto o mundo jazia sob a maldição do pecado, o Senhor apresentou condições de misericórdia ao caído e desesperançado pecador, revelando-lhe o valor e o sentido de Sua graça. Graça é favor imerecido. Os anjos, que nada conhecem de pecado, não compreendem o que seja a aplicação da graça para com eles; mas nossa pecaminosidade requer a concessão da graça por parte de um Deus misericordioso. Foi a graça que enviou nosso Salvador a buscar-nos, errantes, e restituir-nos ao redil. ME1 332 1 Tendes na alma uma sensação de necessidade? Tendes fome e sede de justiça? É isto então evidência de que Cristo operou em vosso coração, criando essa intuição de necessidade, a fim de que O buscásseis para que, mediante o outorgamento de Seu Espírito Santo, fizesse por vós as coisas que vos é impossível fazerdes vós mesmos. O Senhor não especifica condições, a não ser que tenhais fome de Sua misericórdia, desejando o Seu conselho, e aneleis o Seu amor. "Pedi!" O pedir tornará manifesto que reconheceis vossa necessidade, e se pedirdes com fé, recebereis. O Senhor empenhou Sua palavra, que não pode falhar. Sentirdes e saberdes que sois pecador é argumento bastante para pedirdes Sua misericórdia e compaixão. A condição sob a qual podeis chegar-vos a Deus, não é o serdes santos, mas que peçais a Deus que vos purifique de todo o pecado e limpe de toda iniqüidade. Então, por que esperar mais? Por que não tomar a Deus na palavra e dizer: ME1 332 2 "Eis, Senhor, a Ti me entrego, Só isto eu posso fazer?" ME1 332 3 Se Satanás vem para lançar sua sombra entre vós e Deus, acusando-vos de pecado, tentando-vos a desconfiar de Deus e duvidar de Sua misericórdia, dizei: Não posso permitir que minha fraqueza se interponha entre mim e Deus, pois Ele é minha força. Meus pecados, que são muitos, são postos sobre Jesus, meu divino Substituto e Sacrifício. ME1 332 4 "Nada em minhas mãos eu tenho, À Tua cruz tão-só eu me sustenho." ME1 332 5 Homem algum pode, olhando para dentro de si, encontrar em seu caráter o que quer que seja que o recomende a Deus, ou lhe assegure aceitação. É unicamente por Jesus, a quem o Pai deu para que o mundo vivesse, que o pecador pode encontrar acesso a Deus. Jesus, unicamente, é nosso Redentor, nosso Advogado e Mediador; nEle reside nossa única esperança de perdão, paz e justiça. É por virtude do sangue de Cristo que a alma, ferida de pecado, pode ser restaurada à santidade. Cristo é a fragrância, o santo incenso que torna nosso pedido aceitável ao Pai. Não podeis, pois, dizer: ME1 333 1 "Tal qual estou, sem nada merecer, Confiando no Teu sangue derramado e em Tua ordem de me aproximar, ó Cordeiro de Deus, eis-me a Teus pés?" ME1 333 2 Ir a Cristo não requer muito esforço e agonia mentais; é simplesmente aceitar as condições de salvação, as quais Deus esclareceu em Sua Palavra. A bênção é livre a todos. O convite é: "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? ouvi-Me atentamente, e comei o que é bom e a vossa alma se deleite com a gordura." Isaías 55:1-2. A justiça encontrada em Cristo ME1 333 3 Então vinde, e buscai, e achai. O reservatório de poder está aberto, pleno e livre. Vinde de coração humilde, não pensando que deveis fazer alguma boa obra para merecer o favor de Deus, ou que deveis melhorar-vos, antes de poderdes chegar a Cristo. Sois impotentes para fazer o bem, e não podeis melhorar vosso estado. À parte de Cristo não temos mérito algum, justiça alguma. Nossa pecaminosidade, nossa fraqueza, nossa imperfeição humana tornam impossível comparecer ante Deus a menos que estejamos vestidos com a imaculada justiça de Cristo. Devemos ser achados nEle, não tendo nossa própria justiça, mas a justiça que é em Cristo. Então, no nome que é acima de todo nome, o único nome dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos, reclamai a promessa de Deus, dizendo: "Senhor, perdoa meu pecado; ponho minhas mãos na Tua, para me auxiliares, e dessa Mão eu careço, ou do contrário perecerei. Eu agora creio." Diz o Salvador ao pecador arrependido: "Ninguém vem ao Pai, senão por Mim" (João 14:6), "e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. "Eu sou a tua salvação." Salmos 35:3. ME1 334 1 Quando correspondeis à atração de Cristo e vos unis a Ele, manifestais fé salvadora. Falar de coisas religiosas de modo casual, orar por bênçãos espirituais sem verdadeira fome de alma e viva fé, pouco vale. A turba admirada, que se acotovelava junto a Jesus, desse contato não recebeu nenhum acréscimo de poder vital. Mas quando a mulher pobre e sofredora, que por doze anos fora inválida, em sua grande necessidade estendeu a mão e tocou a orla de Suas vestes, sentiu ela a virtude que a curou. Foi toque de fé o seu, e Cristo reconheceu esse toque. Sabia que virtude saíra dEle, e volvendo-Se no meio da turba, perguntou: "Quem é que Me tocou?" Lucas 8:45. Surpresos a tal pergunta, responderam os discípulos: "Mestre, a multidão Te aperta e Te oprime, e dizes: Quem é que Me tocou? E disse Jesus: Alguém Me tocou, porque bem conheci que de Mim saiu virtude. Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo, e, prostrando-se ante Ele, declarou-Lhe diante de todo o povo a causa por que Lhe havia tocado, e como logo sarara. E Ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz." Lucas 8:45-48. A fé que consegue levar-nos em vital contato com Cristo, exprime de nossa parte suprema preferência, perfeita confiança, consagração inteira. Essa fé opera por amor e purifica a alma. Opera na vida do seguidor de Cristo a verdadeira obediência aos mandamentos de Deus; pois amor a Deus e amor aos homens será o resultado da vital ligação com Cristo. "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle." Romanos 8:9. ME1 334 2 Diz Jesus: "Eu sou a videira, vós as varas." João 15:5. Poderemos imaginar uma relação mais íntima do que isso implica? As fibras das varas são idênticas às da videira. A comunicação da vida, força e nutrição do tronco para as varas é desimpedida e constante. A raiz envia sua nutrição através das varas. Tal é a relação do crente com Cristo, se ele permanecer em Cristo e dEle tirar sua nutrição. Mas esta relação espiritual entre Cristo e a alma só pode ser estabelecida pela prática da fé pessoal. "Sem fé é impossível agradar-Lhe" (Hebreus 11:6); pois é a fé que nos liga ao poder do Céu, concedendo-nos força para lutar contra os poderes das trevas. "Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 João 5:4. A fé familiariza a alma com a existência e a presença de Deus e, vivendo só tendo em vista a glória de Deus, cada vez mais discerniremos a formosura de Seu caráter, a excelência de Sua graça. Nossa alma torna-se forte em poder espiritual, pois respiramos a atmosfera do Céu e reconhecemos que Deus está à nossa mão direita para que não nos abalemos. Ascendemos acima do mundo, contemplamos Aquele que é o primeiro entre dez mil, totalmente desejável, e contemplando-O nós nos transformaremos segundo Sua imagem. ------------------------Capítulo 51 -- Unidos à videira viva ME1 336 1 "Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." 2 Coríntios 5:17. Coisa alguma senão o poder divino pode regenerar o coração humano e imbuir as almas no amor de Cristo, amor que sempre se manifestará por aqueles pelos quais Ele morreu. "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." Gálatas 5:22-23. Quando um homem se converte a Deus, supre-se-lhe um novo gosto moral, novo motivo impelente, e ele ama as coisas que Deus ama, pois sua vida é, pela cadeia de ouro das imutáveis promessas, ligada à vida de Jesus. Amor, alegria, paz e inexprimível gratidão penetrarão a alma, e a linguagem dessa bendita pessoa será: "Tua mansidão me engrandeceu." Salmos 18:35. ME1 336 2 Mas os que esperam contemplar uma transformação mágica em seu caráter sem resoluto esforço de sua parte, para vencer o pecado, esses serão decepcionados. Não temos motivo para temer, enquanto olharmos a Jesus; razão alguma para duvidar de que Ele seja capaz para salvar perfeitamente a todos os que a Ele se chegam; mas podemos, sim, temer constantemente que nossa velha natureza de novo alcance a supremacia, que o inimigo elabore alguma cilada pela qual nos tornemos outra vez cativos seus. Devemos operar nossa salvação com temor e tremor, pois é Deus que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Com nossas faculdades limitadas, devemos ser tão santos em nossa esfera, como Deus é santo na Sua. Na medida de nossa capacidade, devemos tornar manifesta a verdade e o amor e a excelência do caráter divino. Como a cera toma a impressão do sinete, assim deve a alma tomar a impressão do Espírito de Deus e reter a imagem de Cristo. ME1 337 1 Devemos crescer diariamente em amabilidade espiritual. Havemos de falhar muitas vezes em nossos esforços por copiar o Modelo divino. Muitas vezes havemos de prostrar-nos em pranto aos pés de Jesus, por motivo de nossas faltas e erros; mas não nos devemos desanimar; cumpre orar mais fervorosamente, crer mais plenamente, e de novo tentar, com mais constância, crescer na semelhança de nosso Senhor. À medida que desconfiarmos de nossa capacidade, confiaremos na capacidade de nosso Redentor, e renderemos louvor a Deus, que é a salvação de nossa face, e nosso Deus. ME1 337 2 Onde quer que haja união com Cristo, aí há amor. Quaisquer outros frutos que produzamos, se faltar o amor, de nada aproveitarão. O amor a Deus e ao próximo é a própria essência de nossa religião. Ninguém pode amar a Cristo sem amar a Seus filhos. Quando estamos unidos a Cristo, temos a mente de Cristo. A pureza e o amor resplandecem no caráter, a mansidão e a verdade controlam a vida. A própria expressão de nosso semblante se transforma. Cristo, habitando na alma, exerce um poder transformador, e o aspecto exterior testifica da paz e alegria que reinam no interior. Fruímos o amor de Cristo, como a vara tira alimento da videira. Se somos enxertados em Cristo, se fibra por fibra somos unidos à Videira Viva, traremos prova desse fato, produzindo ricos cachos de fruto vivo. Se estamos ligados à Luz, seremos condutos de luz, e em nossas palavras e atos refletiremos luz ao mundo. Os que são verdadeiramente cristãos são ligados com a cadeia de amor que une Terra e Céu, que liga o homem finito ao infinito Deus. A luz que resplandece na face de Jesus Cristo brilha no coração de Seus seguidores, para glória de Deus. ME1 338 1 Contemplando, havemos de ser transformados; e ao meditarmos nas perfeições do Modelo divino, desejaremos tornar-nos inteiramente transformados, e renovados na imagem de Sua pureza. É pela fé no Filho de Deus que se efetua a transformação do caráter, e o filho da ira torna-se filho de Deus. Passa da morte para a vida; torna-se espiritual e discerne as coisas espirituais. A sabedoria de Deus lhe ilumina a mente e ele em Sua lei contempla coisas maravilhosas. Quando o homem se converte pela verdade, processa-se nele a obra da transformação do caráter. Recebe uma aumentada medida de entendimento. Ao tornar-se um homem de obediência a Deus, tem ele a mente de Cristo, e a vontade de Deus torna-se a sua vontade. ME1 338 2 Aquele que se coloca sem reserva sob a guia do Espírito de Deus, descobrirá que sua mente se expande e se desenvolve. Obtém, no serviço de Deus, uma educação que não é unilateral e deficiente, nem forma um caráter unilateral, mas uma educação simétrica e cabal. Fraquezas que se têm manifestado em uma vontade vacilante e caráter fraco são vencidas, pois a contínua devoção e piedade levam o homem a tão íntima relação com Cristo que ele adquire a mente de Cristo. Ele é um com Cristo e seus princípios são sadios e robustos. Tem percepção clara e manifesta a sabedoria que vem de Deus. Diz Tiago: "Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria." Tiago 3:13. "A sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." Tiago 3:17-18. Esta será a sabedoria manifestada pelo que toma a taça da salvação e invoca o nome do Senhor. Essa salvação, que oferece perdão ao transgressor, apresenta-lhe a justiça que suporta o escrutínio do Onisciente, concede vitória sobre o poderoso inimigo de Deus e do homem, provê vida eterna e alegria ao seu possuidor, e bem pode ser motivo de júbilo aos humildes, que dela têm notícia e se alegram. Parábola da ovelha perdida ME1 339 1 A linda parábola que Cristo proferiu, da ovelha perdida, do pastor que deixou as noventa e nove para ir em busca da que se perdera, ilustra a obra de Cristo, a condição do pecador, e o regozijo do Universo sobre a salvação de uma alma. O pastor não passou os olhos descuidadamente sobre as ovelhas, dizendo então: "Tenho noventa e nove, e dar-me-ia muito trabalho sair em busca da tresmalhada; que venha de volta, e lhe abrirei a porta do curral, para que entre; mas não irei em sua busca." Não; assim que a ovelha se desencaminhou, o semblante do pastor se encheu de tristeza e ansiedade. Conta e reconta o rebanho, e quando se certifica de que uma ovelha se perdeu, não tosqueneja. Deixa no redil as noventa e nove e, embora escura e tempestuosa a noite, e desagradável e perigoso o caminho, e longo e tedioso o serviço, ele não se cansa, não hesita, até que encontre a perdida. E encontrada, põe aos ombros a ovelha cansada e exausta e, contente e grato por não ter sido em vão a busca, leva de volta ao aprisco a extraviada. Sua gratidão, exprime-a nos melodiosos cânticos de alegria, e convoca seus amigos e vizinhos, dizendo-lhes: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida." Lucas 15:6. Assim, quando é reavida pelo grande Pastor das ovelhas uma alma transviada, anjos celestiais correspondem à nota de alegria do Pastor. Encontrada a perdida, Céu e Terra se unem em ações de graças e regozijo. "Haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." Lucas 15:7. ------------------------Capítulo 52 -- Cristo, nosso sumo sacerdote ME1 340 1 Requer a justiça que o pecado não seja meramente perdoado, mas que seja executada a pena de morte. Deus, no dom de Seu Filho unigênito, satisfez a ambos esses requisitos. Morrendo em lugar do homem, Cristo cumpriu a pena e proveu perdão. ME1 340 2 O homem, pelo pecado, excluiu-se da vida de Deus. Sua alma é tomada de paralisia, pelas maquinações de Satanás, o autor do pecado. De si mesmo é ele incapaz de sentir o pecado, incapaz de apreciar a natureza divina e dela se apropriar. Fosse ela colocada ao seu alcance, não veria nela coisa alguma que seu coração natural desejasse. Está sobre ele o enfeitiçante poder de Satanás. Todos os engenhosos subterfúgios que o diabo possa sugerir são-lhe apresentados ao espírito, para impedir todo bom impulso. Toda faculdade e poder que lhe são dados por Deus foram usados como arma contra o Benfeitor divino. Assim, embora Deus o ame, não seria seguro comunicar-lhe os dons e bênçãos que bem lhe desejaria conceder. ME1 340 3 Deus, porém, não será derrotado por Satanás. Enviou Ele Seu Filho para o mundo, a fim de que, mediante o assumir a forma e natureza humanas, a humanidade e a divindade nEle combinadas elevassem o homem na divina escala do valor moral. ME1 341 1 Não existe outro caminho para a salvação do homem. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podeis fazer." João 15:5. Por meio de Cristo, e de Cristo tão-somente, as fontes da vida podem vitalizar a natureza humana, transformar-lhe os gostos, e colocar-lhe as afeições rumo do Céu. Pela união da natureza divina com a humana, pôde Cristo iluminar o entendimento e infundir Suas propriedades vivificantes à alma morta em ofensas e pecados. ME1 341 2 Quando a mente é atraída para a cruz do Calvário, Cristo, por visão imperfeita, é discernido sobre a vergonhosa cruz. Por que morreu Ele? Em conseqüência do pecado? Que é pecado? A transgressão da lei. Então se abrem os olhos para ver o caráter do pecado. A lei foi quebrantada mas não pode perdoar o transgressor. É nosso aio, condenando, à punição. Onde o remédio? A lei impele-nos a Cristo, que foi erguido sobre a cruz a fim de que fosse habilitado a comunicar Sua justiça ao homem caído e pecador, apresentando assim os homens a Seu Pai em Seu caráter justo. ME1 341 3 Cristo sobre a cruz não só leva os homens ao arrependimento para com Deus, pela transgressão de Sua lei (pois a quem Deus perdoa Ele primeiro faz penitente), mas Cristo satisfez a justiça; ofereceu-Se a Si mesmo como expiação. Seu sangue em borbotões, Seu corpo dilacerado, satisfazem as reivindicações da lei transgredida, e assim Ele põe uma ponte através do abismo que o pecado produziu. Sofreu na carne para que, mediante Seu corpo ferido e quebrantado, pudesse cobrir o indefeso pecador. A vitória alcançada quando morreu no Calvário, derrubou para sempre o poder acusador de Satanás sobre o Universo e silenciaram suas afirmações de que a abnegação era impossível a Deus e portanto não necessária à família humana. ME1 341 4 Satanás no Céu ocupara posição a seguir à do Filho de Deus. Fora o primeiro entre os anjos. Seu poder fora aviltante, mas Deus não podia revelar esse poder em sua verdadeira luz e levar todo o Céu em harmonia com Ele, Deus, se o removesse, com suas más influências. Aumentava seu poder mas o mal não era ainda reconhecido. Foi um poder mortal para o Universo, mas para a segurança dos mundos e do governo do Céu, era preciso que ele se desenvolvesse e fosse revelado em sua luz verdadeira. Abnegação com Deus ME1 342 1 Em dar curso a sua inimizade a Cristo até que Ele pendeu da cruz do Calvário, de corpo lacerado e ferido e coração quebrantado, Satanás se desarraigou completamente das afeições do Universo. Viu-se então que, em Seu Filho, Deus Se negara a Si mesmo, dando-Se pelos pecados do mundo, porque amava a humanidade. O Criador revelou-Se no Filho do Deus infinito. Aqui foi para sempre respondida a pergunta: "Pode haver abnegação da parte de Deus?" Cristo era Deus, e condescendendo com torna-Se carne, assumiu a humanidade e foi obediente até à morte, para que pudesse sujeitar-Se a um sacrifício imenso. ME1 342 2 Qualquer sacrifício a que pudesse submeter-se um ser humano Cristo suportou, não obstante Satanás fez todo o esforço para seduzi-Lo com tentações; mas quanto maior a tentação, mais perfeito era o sacrifício. Tudo que era possível o homem sofrer no conflito com Satanás, Cristo sofreu em Sua natureza humana e divina combinadas. Obediente, sem pecado até ao final, morreu Ele pelo homem, substituto e penhor seu, suportando tudo que os homens jamais suportam da parte do enganoso tentador, para que possa o homem vencer, tornando-se participante da natureza divina. ME1 342 3 A verdade pura viu-se ser capaz de enfrentar a falsidade; a honestidade e a integridade, de enfrentar o artifício e a intriga, em todo aquele que, como Cristo, está disposto a sacrificar tudo, mesmo a própria vida, por amor da verdade. Resistir aos desejos de Satanás não é fácil tarefa. Demanda firme apego à natureza divina, do princípio ao fim, ou do contrário não é possível. Cristo, nas vitórias consumadas em Sua morte na cruz do Calvário, põe claramente a descoberto o caminho para o homem, tornando-lhe assim possível guardar a lei de Deus por meio do Caminho, da Verdade e da Vida. Não há outro meio. ME1 342 4 A justiça de Cristo é apresentada como livre dádiva ao pecador, se a quiser aceitar. Ele nada tem de si mesmo que não seja maculado e corrupto, poluído de pecado, inteiramente repulsivo a um Deus puro e santo. Unicamente mediante o justo caráter de Jesus Cristo pode o homem aproximar-se de Deus. ME1 343 1 Cristo, como sumo sacerdote além do véu, de tal modo imortalizou o Calvário que, embora Ele viva para Deus, morre continuamente para o pecado, e assim, se qualquer homem pecar, tem ele um advogado para com o Pai. ME1 343 2 Ressurgiu Ele do túmulo envolto em uma nuvem de anjos, com maravilhoso poder e glória -- Divindade e humanidade combinadas. Tomou em Sua mão o mundo sobre o qual Satanás pretendia presidir como seu legítimo território, e por Sua maravilhosa obra de dar a vida, restaurou toda a raça humana ao favor de Deus. ... ME1 343 3 Não assuma ninguém a atitude limitada e acanhada de que qualquer das obras do homem possa ajudar, no mínimo que seja, a liquidar a dívida de sua transgressão. É este um engano fatal. Se o quiserdes entender, deveis cessar de acariciar vossas idéias favoritas, e de coração humilde contemplar a expiação. Este assunto é compreendido tão vagamente que milhares de milhares, afirmando ser filhos de Deus, são filhos do maligno, porque confiam em suas próprias obras. Deus sempre exigiu boas obras, a lei as exige, mas como o homem se colocou no pecado, onde suas boas obras não tinham valor, unicamente a justiça de Cristo pode prevalecer. Cristo pode salvar perfeitamente, porque sempre vive para fazer intercessão por nós. Tudo que o homem pode fazer no sentido de sua salvação, é aceitar o convite: "Quem quiser, tome de graça da água da vida." Apocalipse 22:17. Pecado algum pode ser cometido pelo homem, para o qual não se tenha dado satisfação no Calvário. Assim a cruz, em fervorosos apelos, constantemente oferece ao pecador uma expiação cabal. Arrependimento e perdão ME1 343 4 Ao vos aproximardes da cruz do Calvário, vereis um amor sem paralelo. Ao, pela fé, aprenderdes o significado do sacrifício, ver-vos-eis como pecador, condenado por uma lei quebrantada. Isto é arrependimento. Ao vos chegardes, com coração humilde, encontrareis perdão, pois Cristo Jesus é representado como estando continuamente junto ao altar, oferecendo a cada momento o sacrifício pelos pecados do mundo. É Ele ministro do verdadeiro tabernáculo, do qual o Senhor é construtor, e não o homem. As prefigurações simbólicas do tabernáculo judeu não mais possuem qualquer virtude. Não mais tem que ser feita a diária e anual expiação simbólica, mas o sacrifício expiatório por meio de um mediador é necessário, por causa do constante cometimento de pecado. Jesus está oficiando na presença de Deus, oferecendo Seu sangue derramado, como de um cordeiro morto. Jesus apresenta a oblação oferecida por toda ofensa e toda fraqueza do pecador. ME1 344 1 Cristo, nosso Mediador, e o Espírito Santo estão constantemente intercedendo em favor do homem, mas o Espírito não pleiteia por nós como faz Cristo, que apresenta Seu sangue, derramado desde a fundação do mundo; o Espírito opera em nosso coração, extraindo dele orações e penitência, louvor e ações de graças. A gratidão que dimana de nossos lábios é resultado de tocar o Espírito as cordas da alma em santas memórias, despertando a música do coração. ME1 344 2 Os cultos, as orações, o louvor, a penitente confissão do pecado, sobem dos crentes fiéis, qual incenso ao santuário celestial, mas passando através dos corruptos canais da humanidade, ficam tão maculados que, a menos que sejam purificados por sangue, jamais podem ser de valor perante Deus. Não ascendem em imaculada pureza, e a menos que o Intercessor, que está à mão direita de Deus, apresente e purifique tudo por Sua justiça, não será aceitável a Deus. Todo o incenso dos tabernáculos terrestres têm de umedecer-se com as purificadoras gotas do sangue de Cristo. Ele segura perante o Pai o incensário de Seus próprios méritos, nos quais não há mancha de corrupção terrestre. Nesse incensário reúne Ele as orações, o louvor e as confissões de Seu povo, juntando-lhes Sua própria justiça imaculada. Então, perfumado com os méritos da propiciação de Cristo, o incenso ascende perante Deus completa e inteiramente aceitável. Voltam então graciosas respostas. ME1 344 3 Oxalá vissem todos que quanto a obediência, penitência, louvor e ações de graças, tudo tem que ser colocado sobre o ardente fogo da justiça de Cristo! A fragrância desta justiça ascende qual nuvem em torno do propiciatório. ------------------------Capítulo 53 -- Transformação mediante a fé e a obediência ME1 345 1 O ensino de Cristo no evangelho está em perfeita harmonia com o ensino de Cristo por meio dos profetas, no Antigo Testamento. Os profetas falaram através dos mensageiros de Cristo no Antigo Testamento, tanto quanto os apóstolos foram porta-vozes de Sua mensagem no Novo Testamento, e não há contradição entre os ensinos de ambos. Satanás, porém, tem sempre operado e opera ainda com todo o engano da injustiça, para tornar de nenhum efeito a Palavra de Deus. Procura ele tornar misterioso aquilo que é simples e claro. Adquiriu longa experiência nesta obra. Conhece o caráter de Deus, e por suas sutilezas tem cativado o mundo. Foi por se tornar de nenhum efeito a palavra de Deus, que sobreveio ao mundo o pecado. Adão acreditou na falsidade de Satanás, e pela deturpação por este feita do caráter de Deus, A vida de Adão se transformou e maculou. Desobedeceu ao mandamento de Deus, fazendo justamente aquilo que o Senhor lhe mandara não fazer. Pela desobediência Adão caiu; se tivesse resistido à prova e sido fiel a Deus, as comportas da miséria não se teriam aberto sobre nosso mundo. ME1 346 1 Por meio das falsas representações de Deus por parte de Satanás, mudaram-se o caráter e o destino dos homens, mas os que crerem na Palavra de Deus, serão transformados na mente e no caráter, e habilitados para a vida eterna. O crer que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16), transformará o coração e reproduzirá no homem a imagem de Deus. ME1 346 2 Como se acham muitos hoje, assim Paulo (antes de sua conversão) era muito confiante numa piedade hereditária; sua confiança, porém, baseava-se numa falsidade. Era uma fé fora de Cristo, pois confiava em formas e cerimônias. Seu zelo pela lei era desligado de Cristo, e sem valor. Seu orgulho era de que ele se achava inculpável na prática dos atos da lei; mas ao Cristo que valorizou a lei, ele recusava. Confiava em que estivesse direito. Diz ele: "Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus nazareno devia eu praticar muitos atos; o que também fiz em Jerusalém. E, havendo recebido poder dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles." Atos 26:9-10. Por algum tempo Paulo fez uma obra muito cruel, julgando estar prestando serviço a Deus, pois diz ele: "Porque o fiz ignorantemente, na incredulidade." 1 Timóteo 1:13. Sua sinceridade, porém, não lhe justificou a obra, nem fez do erro, verdade. ME1 346 3 A fé é o meio pelo qual a verdade ou o erro encontram abrigo na mente. É pelo mesmo ato da mente que se recebe a verdade ou o erro, mas faz grande diferença crermos na Palavra de Deus ou nos ditos dos homens. Quando Cristo Se revelou a Paulo, e este se convenceu de que estava perseguindo a Jesus na pessoa de Seus santos, aceitou ele a verdade como é em Jesus. Manifestou-se-lhe no caráter e na mente um poder transformador e ele se tornou um novo homem em Cristo Jesus. Recebeu a verdade tão plenamente que nem a Terra nem o inferno lhe poderiam abalar a fé. ME1 347 1 Muitos há que clamam: "Crede, tão-somente crede!" Perguntai-lhes o que é que deveis crer. Devereis crer nas mentiras forjadas por Satanás contra a lei de Deus, santa, justa e boa? Deus não usa Sua grande e preciosa graça para anular a Sua lei, mas sim para estabelecê-la. Qual foi a decisão de Paulo? Diz ele: "Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum: Mas eu não conheci o pecado, senão pela lei. ... E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e [teve então fim o mandamento? -- Não] eu [Paulo] morri. ... E assim a lei [obstruindo-me diretamente o caminho da liberdade e paz? -- Não] é santa, e o mandamento santo, justo e bom." Romanos 7:7-12. A lei não pode perdoar ME1 347 2 Paulo aprendeu que não havia na lei poder para perdoar ao transgressor. "Nenhuma carne será justificada diante dEle pelas obras da lei." Romanos 3:20. "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:3-4. ME1 347 3 O Senhor viu nosso estado caído; viu nossa necessidade de graça, e visto como amava nossa alma, deu-nos graça e paz. Graça quer dizer favor concedido a alguém que o não merece, alguém que está perdido. O fato de sermos pecadores, em vez de excluir-nos da misericórdia e amor de Deus, torna o exercício de Seu amor para conosco uma positiva necessidade, a fim de que possamos ser salvos. Diz Cristo: "Não Me escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça." João 15:16. ME1 347 4 Quando Adão caiu, tomaram-se providências para sua restauração. No tempo devido Jesus, o Príncipe da vida, veio ao nosso mundo para entrar em conflito com os poderes das trevas. Neste mundo teve Satanás oportunidade de exibir o resultado da operação de seus princípios de libertação de toda a lei, e Cristo, por Sua inabalável obediência aos mandamentos de Seu Pai, tornou manifesto o resultado de praticar os princípios da justiça. De acordo com seus princípios do mal, Satanás molestou o Filho de Deus com ferozes tentações, levando-O afinal à sala do julgamento, para que, sem causa, fosse condenado à morte. A confederação do mal operou no coração dos homens para executarem os princípios do mal. Cristo e Barrabás foram apresentados à multidão. Barrabás era notório ladrão e assassino; Cristo era o Filho de Deus. Pilatos contemplou a ambos, e julgou que não hesitariam em escolher a Jesus. Os sinais de nobreza, inteligência e pureza revelavam-se claramente em Seu semblante, em assinalado contraste com os traços rudes de Barrabás. Perguntou: "Qual desses dois quereis vós que eu solte?" Mateus 27:21. E ouviu-se o rouquenho clamor da turba enfurecida, bradando: "Barrabás!" "Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado. O presidente, porém, disse: Mas que mal fez Ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado." Mateus 27:22-23. Satanás derrotado pela morte de Cristo ME1 348 1 Nesta preferência os princípios de Satanás tornaram-se manifestos; e os exércitos do Céu, e todos os mundos que Deus criara, julgaram que Satanás era acusador dos irmãos, mentiroso e homicida. No Céu e entre os mundos não caídos, liquidou-se a questão quanto ao poder enganador de Satanás e seus princípios malignos, e provou-se de uma vez para sempre a perfeita pureza e santidade de Cristo, que sofria a prova e aflição em favor do homem caído. Mediante o desdobramento do caráter e princípios de Satanás, foi ele para sempre desarraigado das afeições dos mundos não caídos, e a controvérsia acerca de suas pretensões e das reivindicações de Cristo ficou para sempre assentada no Céu. A justiça manifestada no caráter de Cristo seria para sempre a âncora, a salvadora esperança do mundo. Toda alma que prefere a Cristo pode, com fé, dizer: "O Senhor justiça minha." ME1 349 1 Cristo foi "desprezado, e o mais indigno entre os homens; homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dEle caso algum. Verdadeiramente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados". Isaías 53:3-5. ME1 349 2 A graça de Cristo e a lei de Deus são inseparáveis. Em Jesus a misericórdia e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram. Em Sua vida e caráter Ele não só revela o caráter de Deus, mas a possibilidade do homem. Era Ele o representante de Deus e o exemplo da humanidade. Apresentou ao mundo o que a humanidade poderia tornar-se quando, pela fé, unida à divindade. O Filho unigênito de Deus tomou sobre Si a natureza do homem, plantando Sua cruz entre a Terra e o Céu. Pela cruz o homem foi atraído para Deus, e Deus para o homem. A justiça transferiu-se de sua elevada e respeitável posição, e as cortes celestiais, os exércitos da santidade, achegaram-se à cruz, prostrando-se com reverência; pois junto da cruz foi satisfeita a justiça. Pela cruz o pecador foi atraído para fora da fortaleza do pecado, da confederação do mal, e a cada nova aproximação da cruz seu coração se abranda e em penitência ele brada: "Foram meus pecados que crucificaram o Filho de Deus." Junto da cruz abandona ele seus pecados, e pela graça de Cristo transforma-se o seu caráter. O Redentor ergue do pó o transgressor e coloca-o sob a guia do Espírito Santo. Ao contemplar o Redentor, encontra o pecador esperança, certeza e alegria. A fé apega-se amorosamente a Cristo. A fé opera pelo amor e purifica a alma. ------------------------Capítulo 54 -- O assunto apresentado em 1883 ME1 350 1 "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. ME1 350 2 Deus requer que confessemos nossos pecados e perante Ele humilhemos o coração; devemos, porém, ao mesmo tempo ter confiança nele como um terno Pai, que não abandona aqueles que nEle põem a confiança. Muitos dentre nós andam pela vista, e não pela fé. Cremos nas coisas que se vêem, mas não avaliamos as preciosas promessas que nos são dadas na Palavra de Deus; e no entanto não podemos desonrar a Deus mais decididamente do que mostrando que desconfiamos do que Ele diz, e pomos em dúvida se o Senhor é sincero para conosco ou nos está enganando. ME1 350 3 Deus não Se desanima conosco por causa de nossos pecados. Podemos cometer erros e ofender o Seu Espírito; mas quando nos arrependemos e vamos ter com Ele com o coração contrito, Ele não nos faz voltar. Há empecilhos a serem removidos. Têm-se acariciado sentimentos errados, e tem havido orgulho, presunção, impaciência e murmurações. Tudo isso nos separa de Deus. Os pecados devem ser confessados; tem de haver mais profunda obra de graça no coração. Os que se sentem fracos e desanimados podem tornar-se fortes varões de Deus e fazer nobre trabalho pelo Mestre. Devem, porém, trabalhar de um ponto de vista elevado; não devem ser influenciados por quaisquer motivos egoístas. Os méritos de Cristo, nossa única esperança ME1 351 1 Temos de aprender na escola de Cristo. Coisa alguma senão a Sua justiça pode dar-nos direito a uma única das bênçãos do concerto da graça. Por muito tempo desejamos e procuramos obter essas bênçãos, mas não as recebemos porque temos acariciado a idéia de que poderíamos fazer alguma coisa para nos tornar dignos delas. Não temos olhado para fora de nós mesmos, crendo que Jesus é um Salvador vivo. Não devemos pensar que nossa própria graça e méritos nos salvem; a graça de Cristo é nossa única esperança de salvação. Por meio de Seu profeta promete o Senhor: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isaías 55:7. Temos de crer na clara promessa, e não aceitar os sentimentos em lugar da fé. Quando confiarmos plenamente em Deus, quando nos apoiarmos nos méritos de Jesus como Salvador que perdoa os pecados, receberemos todo o auxílio que possamos desejar. ME1 351 2 Olhamos para nós mesmos, como se tivéssemos poder para nos salvar; mas Jesus morreu por nós porque somos incapazes de isso fazer. NEle está nossa esperança, nossa justificação, nossa justiça. Não devemos ficar desanimados, temendo não termos um Salvador, ou que Ele não tenha pensamentos de misericórdia para conosco. Agora mesmo está Ele prosseguindo em Sua obra em nosso favor, convidando-nos para nos chegarmos a Ele em nosso desamparo, e sermos salvos. Desonramo-Lo por nossa incredulidade. É espantoso como tratamos o melhor de nossos amigos, quão pouca confiança depositamos nAquele que é capaz de nos salvar perfeitamente, e que nos deu toda prova de Seu grande amor. ME1 351 3 Meus irmãos, porventura esperais que vosso mérito vos recomende ao favor de Deus, pensando que tendes de estar isentos de pecado antes de poder confiar em Seu poder para salvar? Se esta é a luta que se processa em vosso espírito, receio que não haveis de obter força, desanimando-vos afinal. "Olhai e vivei" ME1 352 1 No deserto, quando o Senhor permitiu que serpentes venenosas picassem os rebeldes israelitas, Moisés foi instruído a levantar uma serpente ardente e ordenar a todos os feridos que olhassem para ela, a fim de viverem. Muitos, porém, não viram auxílio nesse remédio designado pelo Céu. Os mortos e moribundos rodeavam-nos por toda parte, e bem sabiam que sem o auxílio divino sua sorte estava selada; mas lamentavam seus ferimentos, suas dores e morte certa, até que se lhes esvaíssem as forças e os olhos se tornavam vidrados, quando podiam ter recebido cura instantânea. ME1 352 2 "Como Moisés levantou a serpente no deserto", assim o Filho do homem foi "levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:14-15. Se sois conscientes de vossos pecados, não dediqueis todas as vossas faculdades a lamentá-los, mas olhai e vivei. Jesus é nosso único Salvador; e embora milhões de pessoas que carecem de cura rejeitem a misericórdia por Ele oferecida, ninguém que confie em Seus méritos será deixado a perecer. Conquanto reconheçamos nosso estado de desamparo sem Cristo, não nos devemos desanimar; devemos confiar num Salvador crucificado e ressurreto. Pobre alma, desanimada e ferida do pecado, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará a todos os que se chegarem a Ele. ME1 352 3 Vinde a Jesus, e tereis descanso e paz. Podeis ter agora mesmo essa bênção. Satanás sugere que sois desamparados, que não podeis abençoar-vos a vós mesmos. É verdade; sois desamparados. Mas exaltai a Jesus diante dele: "Tenho um Salvador ressurgido. NEle confio, e Ele nunca permitirá que eu seja confundido. Em Seu nome triunfarei. Ele é minha justiça e minha coroa de glória." Que ninguém aqui julgue que seu caso seja sem esperança; porque não é. Podeis ver que sois pecadores e estais arruinados; mas é justamente por esse motivo que precisais de um Salvador. Se tendes pecados a confessar, não percais tempo. Estes momentos são áureos. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. Os que têm fome e sede de justiça serão fartos, pois Jesus o prometeu. Precioso Salvador! Seus braços estão abertos para receber-nos, e Seu grande coração de amor está à espera para nos abençoar. ME1 353 1 Alguns parecem julgar que têm de estar sob prova, devendo demonstrar ao Senhor que estão reformados, antes de poder invocar Suas bênçãos. Mas estes podem reclamar a bênção agora mesmo. Precisam de Sua graça, do Espírito de Cristo, para serem ajudados em suas fraquezas, ou do contrário não podem formar um caráter cristão. Jesus tem prazer em que vamos ter com Ele, tal qual estamos -- pecadores, desamparados, dependentes. Arrependimento, dom de Deus ME1 353 2 O arrependimento, assim como o perdão, é dom de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém, senão os contritos, é perdoado; mas é a graça de Deus que torna o coração penitente. Ele conhece todas as nossas fraquezas e enfermidades, e nos ajudará. ME1 353 3 Alguns que, pelo arrependimento e confissão, se achegam a Deus, e mesmo crêem que seus pecados estão perdoados, deixam de clamar, como deviam, as promessas de Deus. Não vêem que Jesus é um Salvador sempre presente; e não estão dispostos a confiar a Ele a guarda de sua alma, contando com Ele para o aperfeiçoamento da obra da graça começada em seu coração. Conquanto pensem que se estão entregando a Deus, têm ainda grande dose de presunção. Há almas conscienciosas que confiam parcialmente em Deus, e parcialmente em si mesmas. Não esperam em Deus para ser guardadas por Seu poder, mas confiam na vigilância contra a tentação e no cumprimento de certos deveres, para serem por Ele aceitas. Não há vitórias nesta espécie de fé. Essas pessoas labutam sem propósito algum; têm a alma em contínua escravidão, e só encontrarão descanso quando depuserem seus fardos aos pés de Jesus. ME1 353 4 Há necessidade de constante vigilância e de fervorosa e terna dedicação; isso, porém, virá naturalmente, se a alma é guardada pelo poder de Deus, mediante a fé. Nada podemos fazer, absolutamente nada, para nos recomendar ao favor divino. Não devemos absolutamente confiar em nós mesmos nem em nossas boas obras; mas quando, como seres erradios e pecadores, nos chegamos a Cristo, encontramos descanso em Seu amor. Deus aceitará a cada um dos que se chegam a Ele, confiando inteiramente nos méritos de um Salvador crucificado. Brota o amor no coração. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas haverá uma duradoura e pacífica confiança. Todo peso se tornará leve; pois leve é o jugo imposto por Cristo. O dever torna-se um deleite, e um prazer o sacrifício. O caminho que antes parecia envolta em trevas, torna-se iluminada pelos raios do Sol da Justiça. Isso é andar na luz, como Cristo na luz está. ------------------------Capítulo 55 -- Apresentado como verdade antiga em moldes novos ME1 355 1 Na reunião de Kansas foi minha oração no sentido de que fosse quebrantado o poder do inimigo, e de que o povo, que estivera em trevas, abrisse coração e mente à mensagem que Deus lhe enviasse, a fim de que vissem a verdade, nova para muitos espíritos, como verdade antiga em novos moldes. O entendimento do povo de Deus tem sido entenebrecido, pois Satanás tem representado erradamente o caráter de Deus. Nosso bom e gracioso Senhor tem sido apresentado perante o povo revestido dos atributos de Satanás, e homens e mulheres que têm estado à procura da verdade, por tanto tempo têm olhado a Deus através de um falso prisma, que é difícil espancar de seus olhos a nuvem que obscurece a Sua glória. Muitos têm vivido numa atmosfera de dúvida, e parece quase impossível lançarem mão da esperança que no evangelho de Cristo lhes é apresentada. ... ME1 355 2 No sábado foram apresentadas verdades que eram novas para a maioria da congregação. Coisas novas e velhas foram tiradas da casa do tesouro da Palavra de Deus. Foram reveladas verdades que o povo quase não conseguia compreender e alcançar. Brilhou sobre a Palavra de Deus, em relação à lei e ao evangelho, e em relação a ser Cristo nossa justiça, uma luz que às almas famintas da verdade se afigurava preciosa demais para ser recebida. ME1 356 1 Mas as reuniões do sábado não foram em vão. No domingo de manhã houve positiva evidência de que o Espírito de Deus estava operando grandes mudanças no estado moral e espiritual dos que ali estavam reunidos. Manifestou-se uma entrega de espírito e coração a Deus, e preciosos testemunhos foram dados pelos que por muito tempo tinham estado em trevas. Um irmão falou da luta que experimentara antes de poder receber as boas novas de que Cristo é nossa justiça. A luta foi árdua, mas o Senhor operava com ele, e teve o espírito mudado, e renovadas as forças. O Senhor apresentou perante ele a verdade com clareza, revelando o fato de que Cristo, unicamente, é a fonte de toda esperança e salvação. "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens." João 1:4. "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:14. ME1 356 2 Um de nossos jovens irmãos participantes disse que fruíra mais da bênção e do amor de Deus durante aquela reunião do que em toda sua vida anterior. Outro afirmou que as provas, perplexidades e conflitos mentais que sofrera foram de natureza tal que se vira tentado a desistir de tudo. Julgara não haver mais esperança para ele, a menos que obtivesse mais da graça de Cristo; mas, por influência das reuniões, experimentara uma mudança de coração, e obtivera melhor conhecimento da salvação pela fé em Cristo. Viu que era privilégio seu ser justificado pela fé; tinha paz com Deus, e com lágrimas confessou que alívio e bênção lhe viera à alma. Em cada reunião de testemunhos muitos testemunhos eram dados falando de paz, conforto e alegria que se haviam encontrado ao receber a luz. ME1 357 1 Agradecemos ao Senhor, de todo o coração, termos preciosa luz para apresentar ao povo, e regozijamo-nos por ter, para este tempo, uma mensagem que é verdade presente. As novas de que Cristo é nossa justiça têm trazido alívio para muitas, muitas almas, e Deus diz ao Seu povo: "Avante!" A mensagem à igreja de Laodicéia é aplicável à nossa condição. Quão claramente é pintada a situação dos que julgam ter toda a verdade, que se orgulham no conhecimento da Palavra de Deus, ao passo que seu poder santificador não foi sentido em sua vida. Falta em seu coração o fervor do amor de Deus, mas é este mesmo fervor de amor que torna o povo de Deus a luz do mundo. A mensagem laodiceana ME1 357 2 Diz a Testemunha Verdadeira, de uma igreja fria, sem vida e sem Cristo: "Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apocalipse 3:15-16. Notai as palavras seguintes: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apocalipse 3:17. Aqui está representado um povo que se orgulha na posse de conhecimento e vantagens espirituais. Não corresponderam, porém, às imerecidas bênçãos que Deus lhes tem concedido. Têm estado possuídos de rebelião, ingratidão e esquecimento de Deus, e todavia Ele os tem tratado como um pai amoroso e perdoador trata um filho ingrato e corrompido. Resistiram à Sua graça, abusaram de Seus privilégios, desprezaram Suas oportunidades, e têm-se satisfeito com descansar contentes, em lamentável ingratidão, vazio formalismo e hipócrita insinceridade. Com farisaico orgulho têm-se gloriado até que deles foi dito: "Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta." ME1 357 3 Porventura não enviou o Senhor Jesus mensagem após mensagem de repreensão, de advertência, de súplica a esses satisfeitos consigo mesmos? Não têm sido desprezados e rejeitados os Seus conselhos? Não têm sido os mensageiros por Ele enviados tratados com desprezo, e suas palavras recebidas como fábulas ociosas? Cristo vê aquilo que o homem não vê. Ele vê os pecados que, se não houver arrependimento, esgotarão a paciência de um Deus longânimo. Cristo não pode defender os nomes dos que estão satisfeitos em sua presunção. Não pode intervir em favor de um povo que não sente necessidade de Seu auxílio, que alega saber e possuir tudo. ME1 358 1 O grande Redentor representa-Se como um mercador celeste, carregado de riquezas, indo de casa em casa, apresentando Seus inapreciáveis bens, e dizendo: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:18-20. ME1 358 2 Consideremos a nossa condição perante Deus; levemos a sério o conselho da Testemunha Verdadeira. Que ninguém de nós se possua de preconceito, como fizeram os judeus, de modo que a luz não penetre em nosso coração. Que não seja necessário Cristo dizer de nós o que disse deles: "E não quereis vir a Mim para terdes vida." João 5:40. ME1 358 3 Em todas as reuniões, desde a Assembléia Geral, almas têm ansiosamente aceito a preciosa mensagem da justiça de Cristo. Damos graças a Deus por existirem almas que reconhecem estar em necessidade de algo que não possuem: o ouro da fé e amor, as vestes brancas da justiça de Cristo, o colírio do discernimento espiritual. Se possuirdes estes dons preciosos, o templo da alma humana não será qual uma capela profanada. Irmãos e irmãs, convido-vos, em nome de Jesus Cristo de Nazaré, a trabalhar onde Deus trabalha. Agora é o dia de graciosa oportunidade e privilégio. ------------------------Capítulo 56 -- Uma verdade que tem credenciais divinas Uma mensagem de Deus ME1 359 1 A mensagem presente -- justificação pela fé -- é mensagem vinda de Deus; tem as credencias divinas, pois seu fruto é para santidade. Alguns que necessitam grandemente a preciosa verdade que lhes foi apresentada, receamos terem ficado sem receber seus benefícios. Não abriram a porta do coração para receber a Jesus como Hóspede celeste, e sofreram grande perda. Há na verdade um caminho estreito, no qual devemos caminhar; a cada passo é apresentada a cruz. Temos de aprender a viver pela fé; então as horas mais escuras serão iluminadas pelos benditos raios do Sol da Justiça. ME1 359 2 Não estaremos seguros se negligenciarmos examinar as Escrituras diariamente, em busca de luz e conhecimento. Bênçãos terrestres não podem ser alcançadas sem labor; e podemos então esperar que as bênçãos espirituais e celestes venham sem fervoroso esforço de nossa parte? As minas da verdade têm de ser trabalhadas. Diz o salmista: "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Salmos 119:130. A Palavra de Deus não deve ser conservada à parte de nossa vida. Tem de ser mantida na mente, acolhida no coração, e ser acariciada, amada e obedecida. Precisamos também de muito mais conhecimento; precisamos ser esclarecidos acerca do plano da salvação. Não existe um dentre cem, que compreenda por si mesmo a verdade bíblica sobre este assunto, tão necessário ao nosso bem-estar presente e eterno. Quando começa a brilhar a luz, para tornar claro ao povo o plano da redenção, o inimigo opera com toda a diligência, para que a luz seja excluída do coração dos homens. Se nos chegamos à Palavra de Deus com espírito dócil e humilde, será varrido o entulho do erro, e descobrir-se-ão gemas da verdade, por muito tempo ocultas dos olhos. ME1 360 1 Há grande necessidade de que Cristo seja pregado como única esperança e salvação. Quando a doutrina da justificação pela fé foi apresentada na reunião de Roma [Nova Iorque], ela foi para muitos como água ao viajante cansado. O pensamento de que a justiça de Cristo nos é imputada, não por causa de qualquer mérito de nossa parte, mas como dom gratuito de Deus, afigurava-se um pensamento precioso. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1889. Nenhum prazer no pecado ME1 360 2 Quando nos revestimos da justiça de Cristo, não temos nenhum prazer no pecado, pois Cristo estará trabalhando conosco. Poderemos cometer erros, mas odiaremos o pecado que causou os sofrimentos do Filho de Deus. -- The Review and Herald, 18 de Março de 1890. Ensinos extremistas ME1 360 3 Há grandes verdades, por muito tempo ocultas sob o monturo do erro, que devem ser reveladas ao povo. A doutrina da justificação pela fé tem sido perdida de vista por muitos que têm professado crer na terceira mensagem angélica. O Povo da Santidade tem ido a grandes extremos neste ponto. Com grande zelo têm ensinado: "Tão-somente crê em Cristo, e serás salvo; mas fora com a lei de Deus!" Não é isso que ensina a Palavra de Deus. Não há base para semelhante fé. Não é esta a preciosa gema da verdade que Deus deu ao Seu povo para este tempo. Esta doutrina desencaminha almas sinceras. A luz da Palavra de Deus revela o fato de que a lei tem de ser proclamada. Cristo tem de ser exaltado, porque Ele é um Salvador que perdoa a transgressão, a iniqüidade e o pecado, mas de modo algum terá por inocente a alma culpada e impenitente. -- The Review and Herald, 13 de Agosto de 1889. A mensagem produz frutos ME1 361 1 Temos tido reuniões excelentes. O espírito que prevaleceu na reunião de Mineápolis não está aqui. Tudo se faz em harmonia. Há grande assistência de delegados. Nossa reunião das cinco horas da manhã é bem freqüentada, e as reuniões são boas. Todos os testemunhos que tenho ouvido têm sido de caráter edificante. Dizem que o ano passado foi o melhor de sua vida; a luz a resplandecer da Palavra de Deus foi clara e distinta -- a justificação pela fé, Cristo justiça nossa. As experiências têm sido muito interessantes. ME1 361 2 Assisti a todas menos duas das reuniões matinais. Às oito horas o irmão Jones fala, tendo como assunto a justificação pela fé, e manifesta-se grande interesse. Há aumento de fé e do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Há um número bastante elevado que não teve ocasião de ouvir este assunto antes, mas o estão compreendendo, e sendo alimentados com grandes bocados da mesa do Senhor. O testemunho geral dos que falaram foi de que esta mensagem de luz e verdade que veio ao nosso povo é justamente a verdade apropriada a este tempo, e aonde quer que vão, entre as igrejas, é certo que entram a luz, o alívio e a bênção de Deus. ME1 362 1 Temos um banquete de alimentos ricos, e quando vemos almas apreenderem a verdade, regozijamo-nos, olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé. Cristo é o grande modelo; Seu caráter tem de ser nosso caráter. Toda a excelência está nEle. Volvendo-nos dos homens e de qualquer outro modelo, de rosto desvelado contemplamos a Jesus em toda a Sua glória. E o espírito deles está repleto de grandiosas e assoberbantes idéias acerca da excelência de Cristo; todos os demais assuntos desaparecem na insignificância e perde-se tudo que se diga sobre disciplina moral e não promova a semelhança do homem com a imagem de Cristo. Vejo alturas e profundezas que podemos alcançar, aceitando todo raio de luz e avançando para luz maior. O fim está próximo, e não permita Deus que estejamos a dormitar neste tempo. ME1 362 2 Sou muito grata por ver, em nossos irmãos que ministram, uma disposição de examinar as Escrituras por si mesmos. Tem havido falta muito grande de profundo esquadrinhar das Escrituras, armazenando na mente as gemas da verdade. Quanto perdemos nós todos, por não esforçarmos a mente no estudo de Sua Santa Palavra, com mais oração pedindo a iluminação divina! ME1 362 3 Creio que haverá entre nosso povo um decidido avanço, um esforço mais fervoroso para nos manter em dia com a mensagem do terceiro anjo. -- Manuscrito 10, 1889. O princípio do alto clamor ME1 362 4 Que todos os que alegam crer que o Senhor virá em breve, examinem as Escrituras, como nunca dantes; pois Satanás está resolvido a tentar todos os artifícios possíveis para manter em trevas as almas, e cegar a mente aos perigos dos tempos em que vivemos. Tome todo crente a Bíblia com oração fervorosa, para que seja esclarecido pelo espírito Santo, quanto ao que é a verdade, a fim de que possa conhecer mais de Deus e de Jesus Cristo, a quem enviou. Buscai a verdade como a tesouros escondidos, e decepcionai o inimigo. O tempo de prova está exatamente diante de nós, pois o alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da justiça de Cristo, o Redentor que perdoa os pecados. Este é o princípio da luz do anjo cuja glória há de encher a Terra. Pois é a obra de cada um a quem veio a mensagem de advertência, exaltar a Jesus e apresentá-Lo ao mundo como foi revelado em tipos, prefigurado em símbolos, manifestado nas revelações dos profetas, patenteado nas lições dadas aos Seus discípulos e nos maravilhosos milagres operados em benefício dos filhos dos homens. Examinai as Escrituras, pois são elas que testificam dEle. ME1 363 1 Se quiserdes ficar firmes através do tempo de angústia, tereis de conhecer a Cristo e apropriar-vos do dom de Sua justiça, que Ele atribui ao pecador arrependido. -- The Review and Herald, 22 de Novembro de 1892. Apropriar-se da justiça de Cristo ME1 363 2 Por meio de Cristo provê-se ao homem tanto a restauração como a reconciliação. O abismo produzido pelo pecado foi transposto pela cruz do Calvário. Foi pago por Jesus um resgate pleno e completo, em virtude do qual o pecador é perdoado e mantida a justiça da lei. Todos os que crêem que Cristo é o sacrifício expiador podem chegar a Ele e receber o perdão dos pecados; pois pelos méritos de Cristo, franqueou-se a comunicação entre Deus e o homem. Deus pode aceitar-me como filho Seu, e eu posso reclamá-Lo como meu Pai amoroso e nEle me regozijar. Temos de polarizar nossas esperanças quanto ao Céu tão-somente em Cristo, porque Ele é nosso substituto e penhor. ME1 363 3 Transgredimos a lei de Deus, e pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. Os melhores esforços que o homem, em suas próprias forças, pode fazer, não têm valor para satisfazer a santa e justa lei que ele transgrediu; mas pela fé em Cristo pode ele alegar a justiça do Filho de Deus como toda-suficiente. Cristo, em Sua natureza humana satisfez as exigências da lei. Suportou a maldição da lei pelo pecador, por Ele fez expiação, para que todo aquele que nEle cresse não perecesse mas tivesse vida eterna. A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade. ME1 364 1 Quem procura alcançar O Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. Não pode o homem salvar-se sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o efetuar, segundo Sua boa vontade. Se o homem pudesse salvar-se por suas obras, teria ele algo em si mesmo, pelo qual se alegrar. O esforço que o homem faz em suas próprias forças para obter a salvação, é representado pela oferta de Caim. Tudo que o homem pode fazer sem Cristo é poluído pelo egoísmo e pecado; mas aquilo que é operado pela fé é aceitável a Deus. Quando procuramos alcançar o Céu pelos méritos de Cristo, a alma faz progresso. Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé, podemos prosseguir de força em força, de vitória em vitória; pois por meio de Cristo a graça de Deus operou nossa salvação completa. ME1 364 2 Sem fé é impossível agradar a Deus. A fé viva habilita seu possuidor a apoiar-se nos méritos de Cristo, habilita-o a tirar grande conforto e contentamento do plano da salvação. -- The Review and Herald, 1 de Julho de 1890. ------------------------Capítulo 57 -- Cristo, o caminho da vida ME1 365 1 "Veio Jesus para a Galiléia, pregando o Evangelho do reino de Deus, e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho." Marcos 1:14-15. ME1 365 2 O arrependimento associa-se à fé, e o evangelho insta em que é necessário para a salvação. Paulo pregou o arrependimento. Diz ele: "Nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos 20:20-21. Sem arrependimento não há salvação. Nenhum pecador impenitente pode crer com o coração para a justiça. Romanos 10:10. O arrependimento é por Paulo descrito como uma piedosa tristeza pelo pecado, a qual "opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende". 2 Coríntios 7:10. Este arrependimento não tem em si coisa alguma da natureza do mérito, mas prepara o coração para a aceitação de Cristo como único Salvador, única esperança do pecador perdido. ME1 365 3 Ao considerar o pecador a lei, sua culpa se lhe torna clara, e lhe impressiona a consciência, e ele é condenado. Seu único conforto e esperança encontra-os em olhar à cruz do Calvário. Ao aventurar-se a crer nas promessas, tomando a Deus em Sua palavra, vêm-lhe à alma alívio e paz. Clama: "Senhor, Tu prometeste salvar a todos que se achegam a Ti em nome de Teu Filho. Sou uma alma perdida, desajudada e sem esperança. Senhor, salva-me, ou pereço!" Sua fé se apodera de Cristo, e ele é justificado diante de Deus. ME1 366 1 Mas, embora Deus possa ser justo e ao mesmo tempo justificar o pecador, pelos méritos de Cristo, homem algum pode cobrir sua alma com as vestes da justiça de Cristo, enquanto comete pecados conhecidos, ou negligencia conhecidos deveres. Deus requer a completa entrega do coração, antes que possa ocorrer a justificação; e para que o homem conserve essa justificação, tem de haver obediência contínua, mediante ativa e viva fé que opera por amor e purifica a alma. ME1 366 2 Tiago escreve acerca de Abraão e diz: "Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tiago 2:21-24. A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa. Fé, condição da promessa ME1 366 3 Sem a graça de Cristo acha-se o pecador em estado desesperador; coisa alguma pode ser feita em seu favor; mas pela graça divina é comunicado ao homem poder sobrenatural, que opera em seu espírito, coração e caráter. É pela comunicação da graça de Cristo que se discerne o pecado em sua natureza odiosa, sendo afinal expulso do templo da alma. É pela graça que somos levados em comunhão com Cristo, para com Ele sermos associados na obra da salvação. A fé é a condição sob a qual Deus houve por bem prometer perdão aos pecadores; não que exista na fé qualquer virtude pela qual se mereça a salvação, mas porque a fé pode prevalecer-se dos méritos de Cristo, o remédio provido para o pecado. A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador. Quando o pecador crê que Cristo é seu Salvador pessoal, então, de acordo com as Suas promessas infalíveis, Deus lhe perdoa o pecado e o justifica livremente. A alma arrependida reconhece que sua justificação vem porque Cristo, como seu substituto e penhor, morreu por ele, e é sua expiação e justiça. ME1 367 1 "Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ora àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê nAquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça." Romanos 4:3-5. Justiça é obediência à lei. A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas é ele incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé pode ele apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a alma arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e ama-a tal qual ama Seu Filho. Assim é que a fé é imputada como justiça; e a alma perdoada avança de graça em graça, de uma luz para luz maior. Pode dizer, alegremente: "Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; para que, sendo justificados pela Sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna." Tito 3:5-7. ME1 367 2 Mais: Está escrito: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus." João 1:12-13. Disse Jesus: "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3. "Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." João 3:5. Não é baixa a norma que nos é posta em frente, pois devemos tornar-nos filhos de Deus. Devemos ser salvos como indivíduos; e no dia da prova seremos capazes de discernir entre aquele que serve a Deus e o que O não serve. Somos salvos como crentes individuais no Senhor Jesus Cristo. ME1 368 1 Muitos estão a perder o caminho certo, por pensarem que têm de alçar-se ao Céu; que têm de fazer algo para merecer o favor de Deus. Procuram tornar-se melhores por seus próprios esforços, desajudados. Isso jamais conseguirão realizar. Cristo abriu caminho morrendo como nosso sacrifício, vivendo como nosso exemplo, tornando-Se nosso grande sumo sacerdote. Diz Ele: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." João 14:6. Se por qualquer esforço nosso pudéssemos subir um único degrau na escada, as palavras de Cristo não seriam verdadeiras. Mas quando aceitamos a Cristo, as boas obras aparecerão, como frutífera prova de que nos achamos no caminho da vida, que Cristo é nosso caminho, e que estamos palmilhando a vereda certa, que conduz ao Céu. Ele se torna nossa justiça ME1 368 2 Cristo olha ao espírito [com que fazemos as coisas], e quando nos vê levando nossa carga com fé, Sua santidade perfeita faz expiação por nossas faltas. Quando fazemos o melhor possível, Ele Se torna nossa justiça. Requer todo raio de luz que Deus nos envia, o tornar-nos a luz do mundo. -- Carta 33, 1889. ------------------------Capítulo 58 -- "Deixaste o teu primeiro amor" ME1 369 1 Falei ao povo de Otsego, sobre os versículos quatro e cinco do segundo capítulo do Apocalipse: "Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apocalipse 2:4-5. O povo ao qual são dirigidas essas palavras tem muitas qualidade excelentes, reconhecidas pela Testemunha Fiel; "tenho, porém", diz Ele, "contra ti que deixaste o teu primeiro amor". Aí está uma necessidade que precisa ser satisfeita. Todas as demais graças não bastam para suprir as deficiências. A igreja é aconselhada: "lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. ... Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus." Apocalipse 2:4-7. ME1 370 1 Nessas palavras há advertências, repreensões, ameaças, promessas, da Testemunha Fiel, Aquele que tem na destra as sete estrelas. "As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas." Apocalipse 1:20. ME1 370 2 Quando essa igreja é pesada nas balanças do santuário, é achada em falta, tendo deixado seu primeiro amor. Declara a Testemunha Fiel: "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo Meu nome, e não te cansaste." Apocalipse 2:2-3. Não obstante tudo isso, a igreja é achada em falta. Qual será a fatal deficiência? -- "Deixaste o teu primeiro amor." Não é este o nosso caso? Podem nossas doutrinas ser corretas; podemos detestar as doutrinas falsas, e não receber os que não sejam fiéis aos princípios; podemos labutar com incansável energia; mas mesmo isto não basta. Qual é nosso motivo? Por que somos chamados a arrepender-nos? -- "Deixaste o teu primeiro amor." ME1 370 3 Estude todo membro da igreja esta importante advertência e repreensão. Cuide cada qual para que, contendendo pela verdade, debatendo sobre a teoria, não tenha perdido o terno amor de Cristo. Porventura não foi Cristo deixado fora dos sermões, e fora do coração? Não haverá perigo de que muitos prossigam tendo a profissão da verdade, fazendo trabalho missionário, enquanto o amor de Cristo não foi entretecido no trabalho? Esta solene advertência da Testemunha Fiel significa muito; exige que vos lembreis de onde caístes, e vos arrependais, e pratiqueis as primeira obras; "quando não", diz a Testemunha Fiel, "brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres". Apocalipse 2:5. Oh! que a igreja reconhecesse sua necessidade de seu primeiro e ardente amor! Faltando este, todas as outras excelências não bastam. O chamado ao arrependimento é tal que não pode ser menosprezado sem perigo. Não basta crer na teoria da verdade. Apresentar essa teoria aos descrentes não faz de vós uma testemunha de Cristo. A luz que vos alegrou o coração quando pela primeira vez compreendestes a mensagem para o tempo atual, é elemento necessário em vossa experiência e trabalhos, e essa luz se extraviou de vosso coração e vida. Cristo contempla vossa falta de zelo e declara que decaístes, e estais em situação perigosa. Apresentar o amor e a lei juntos ME1 371 1 Ao apresentar as vigentes reivindicações da lei, muitos têm deixado de descrever o infinito amor de Cristo. Os que possuem tão grandes verdades, tão importantes reformas a apresentar ao povo, não têm reconhecido o valor do Sacrifício expiatório como expressão do grande amor de Deus ao homem. O amor a Jesus, e o amor de Jesus aos pecadores, têm sido deixados fora da experiência religiosa dos que foram comissionados a pregar o evangelho e o próprio eu tem sido exaltado, em vez do Redentor da humanidade. A lei deve ser apresentada aos seus transgressores, não como coisa à parte de Deus, mas antes um expoente de Seu pensamento e caráter. Como não pode a luz do Sol ser separada do Sol, assim não pode a lei de Deus ser apresentada corretamente ao homem à parte do Autor divino. O mensageiro deve estar habilitado a dizer: "Na lei de Deus está a vontade divina; vinde, vede por vós mesmos que a lei é o que Paulo a declarou ser -- santa, justa e boa." Ela reprova o pecado, condena o pecador, mas mostra-lhe sua necessidade de Cristo, com quem há abundância de misericórdia, e bondade e verdade. Conquanto a lei não possa remitir a pena do pecado, mas responsabiliza o pecador por toda a sua dívida. Cristo prometeu perdão abundante a todos os que se arrependem e crêem em Sua misericórdia. O amor de Deus estende-se, abundante, à alma arrependida e crente. O estigma do pecado na alma só se pode apagar com o sangue do Sacrifício expiatório. Nenhum sacrifício menor se requereu, do que o sacrifício dAquele que era igual ao Pai. A obra de Cristo -- Sua vida, humilhação, morte e intercessão pelo homem caído -- engrandece a lei e a torna gloriosa. ME1 371 2 Muitos sermões pregados sobre as reivindicações da lei têm-se feito sem apresentar a Cristo, e esta falta tem tornado a verdade ineficaz na conversão de almas. Sem a graça de Cristo é impossível dar um só passo na obediência à lei de Deus. Quão necessário, pois, é que o pecador ouça do amor e poder de seu Redentor e Amigo! Conquanto o embaixador de Cristo deva declarar positivamente as reivindicações da lei, deve ele tornar compreensível que ninguém pode ser justificado sem o sacrifício expiatório de Cristo. Sem Cristo só pode haver condenação e uma expectação horrível de juízo, e ardor de fogo (Hebreus 10:27), e final separação da presença de Deus. Mas aquele cujos olhos foram abertos para ver o amor de Cristo, contemplará o caráter de Deus como pleno de amor e compaixão. Deus não parecerá um ser tirânico, implacável, mas um pai ansioso por abraçar seu filho arrependido. O pecador exclamará com o salmista: "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem." Salmos 103:13. Todo o desespero é varrido da alma quando esta vê Cristo em Seu caráter verdadeiro. A mensagem do terceiro anjo ME1 372 1 Alguns de nossos irmãos têm expressado temores de que nos demoremos demasiado no assunto da justificação pela fé, mas espero que ninguém fique desnecessariamente alarmado, e oro nesse sentido; pois não há perigo em apresentar essa doutrina como é exposta nas Escrituras. Se não tivesse havido, no passado, negligência em instruir adequadamente o povo de Deus, não haveria agora necessidade de para isso chamar a atenção especial. ... As grandíssimas e preciosas promessas que nos são dadas nas Escrituras têm sido perdidas de vista em extensão demasiado grande, exatamente como o inimigo de toda a justiça pretendia que fosse. Lançou ele sua sombra negra entre nós e nosso Deus, para que não vejamos o verdadeiro caráter divino. O Senhor proclamou-Se a Si mesmo como sendo "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade". ME1 372 2 Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: "É a mensagem do terceiro anjo, em verdade." -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1890. ------------------------Capítulo 59 -- Obediência perfeita por meio de Cristo ME1 373 1 "Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé. ... Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta." Tiago 2:24-26. É necessário ter fé em Jesus e crer que sois salvos por Ele; mas há perigo em assumir a posição que muitos assumem, dizendo: "Estou salvo." Muitos têm dito: "Deveis praticar boas obras, e então vivereis"; mas, à parte de Cristo, ninguém pode praticar boas obras. Muitos, hoje, dizem: "Crê, tão somente crê, e viverás." A fé e as obras vão juntas, crer e fazer se combinam. O Senhor não requer da alma humana menos hoje do que exigiu de Adão no Paraíso, antes da queda: perfeita obediência, justiça sem mácula. O que Deus requer, sob o concerto da graça, é exatamente tão amplo como o que requereu no Paraíso: harmonia com Sua lei, que é santa, justa e boa. O evangelho não enfraquece as reivindicações da lei; ele exalta a lei e a torna gloriosa. Sob o Novo Testamento, não se requer menos do que foi exigido sob o Antigo Testamento. Que ninguém se entregue à ilusão, tão agradável ao coração humano, de que Deus aceitará a sinceridade, não importa qual seja a fé, não importa quão imperfeita seja a vida. Deus requer de Seu filho obediência perfeita. ME1 374 1 Para satisfazer os reclamos da lei, nossa fé tem de apoderar-se da justiça de Cristo, aceitando-a como nossa justiça. Mediante a união com Cristo, mediante a aceitação de Sua justiça pela fé, podemos ser habilitados para fazer as obras de Deus e ser cooperadores de Cristo. Se estais dispostos a flutuar ao sabor da corrente do mal, e não cooperardes com os seres celestes em restringir a transgressão em vossa família, e na igreja, a fim de que seja introduzida a justiça eterna, não tendes fé. A fé opera por amor e purifica a alma. Pela fé o Espírito Santo opera no coração para ali criar a santidade; isto, porém, não pode ser feito a menos que o agente humano coopere com Cristo. Só podemos ser habilitados para o Céu mediante a operação do Espírito Santo no coração; pois temos de ter a justiça de Cristo como credenciais nossas, se quisermos ter acesso ao Pai. Para que tenhamos a justiça de Cristo, precisamos diariamente ser transformados pela influência do Espírito, a fim de sermos participantes da natureza divina. É obra do Espírito Santo enobrecer os gostos, santificar o coração, enobrecer o homem todo. Olhar a Jesus ME1 374 2 Que a alma olhe para Jesus. "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Ninguém será forçado a olhar a Cristo; mas a voz do convite soa, em ansiosa súplica: "Olhai e vivei." Olhando a Cristo, veremos que Seu amor é sem paralelo, que Ele tomou o lugar do pecador culpado, e lhe imputou Sua justiça imaculada. Quando o pecador vê o Salvador morrendo sobre a cruz, sob a maldição do pecado, em seu lugar, contemplando Seu amor perdoador, desperta-se-lhe no coração o amor. O pecador ama a Cristo, porque Cristo o amou primeiro, e o amor é o cumprimento da lei. A alma arrependida reconhece que Deus "é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça". O Espírito de Deus opera na alma do crente, habilitando-o a avançar de um aspecto de obediência para outro, alcançando então cada vez mais força e mais graça, em Jesus Cristo. ME1 375 1 Deus com justiça condena a todo que não torne Cristo seu Salvador pessoal; mas perdoa a toda alma que a Ele se achega, com fé, e a habilita a fazer as obras de Deus e, pela fé ser um com Cristo. Desses diz Jesus: "Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade [esta unidade traz a perfeição de caráter], e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:23. O Senhor tomou todas as providências para que o homem tenha salvação plena e livre, e seja completo nEle. Deus deseja que Seus filhos desfrutem os brilhantes raios do Sol da Justiça, para que todos possam ter a luz da verdade. Deus por preço infinito proveu salvação ao mundo -- o preço do dom de Seu Filho unigênito. O apóstolo pergunta: "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. Portanto, se não formos salvos, a culpa não estará com Deus, mas conosco, porque deixamos de cooperar com os agentes divinos. Nossa vontade não coincidiu com a vontade de Deus. ME1 375 2 O Redentor do mundo revestiu Sua divindade de humanidade, para que pudesse alcançar a humanidade; pois era preciso o divino e o humano para trazer ao mundo a salvação necessária ao homem caído. A divindade precisava da humanidade para que esta oferecesse um conduto de comunicação entre Deus e o homem. O homem precisa de um poder fora e acima de si, para restaurá-lo à semelhança de Deus; mas o precisar ele do auxílio divino não quer dizer que seja desnecessária a atividade humana. A fé por parte do homem é necessária; pois a fé opera por amor e purifica a alma. A fé apega-se à virtude de Cristo. O Senhor não pretende que o poder humano seja paralisado; mas, cooperando com Deus, o poder do homem pode ser eficaz para o bem. Deus não pretende que nossa vontade seja destruída; pois é por meio desse mesmo atributo que devemos realizar a obra que Ele deseja que façamos, tanto no país como no estrangeiro. Deu Ele a cada um a sua obra; e todo obreiro verdadeiro irradia luz ao mundo, porque se acha unido a Deus e a Cristo e aos anjos celestiais, na grande obra de salvar os perdidos. Pela associação divina ele se torna mais e mais esclarecido em fazer as obras de Deus. Dando largas àquilo que a graça de Deus operou em seu interior, o crente torna-se espiritualmente grande. Aquele que trabalha segundo a habilidade que lhe é confiada, tornar-se-á sábio construtor para o Mestre; pois está sob o aprendizado de Cristo, aprendendo a fazer as obras de Deus. Não fugirá a encargos de responsabilidade, pois reconhecerá que cada qual deve, na causa de Deus, ajudar até aos limites de sua capacidade, e coloca-se sob a pressão do trabalho; mas Jesus não abandona Seu servo voluntário e obediente, deixando que seja esmagado. Não é o homem que tem pesadas responsabilidades na causa de Deus que precisa de vossa piedade, pois ele é fiel e verdadeiro na cooperação com Deus; e mediante a união do esforço divino com o humano, a obra se completa. É aquele que foge das responsabilidades, não reconhecendo o privilégio para o qual é chamado, que merece piedade. ------------------------Capítulo 60 -- Relação da fé com as obras ME1 377 0 Napier, Nova Zelândia, 9 de Abril de 1893. ME1 377 1 Irmão A. T. Jones: Estava eu assistindo a uma reunião, estando presente vasta congregação. Em meu sonho estáveis apresentando o assunto da fé, e da imputada justiça de Cristo pela fé. Repetíeis várias vezes que as obras de nada valiam, que não havia condições. O assunto foi apresentado de maneira que, sei, os espíritos seriam confundidos, não recebendo a correta impressão quanto à fé e as obras, e resolvi escrever-vos. Afirmais esta questão com vigor exagerado. Há condições para recebermos justificação e santificação, e a justiça de Cristo. Sei o que quereis dizer, mas deixais uma impressão errada nos espíritos. Conquanto as boas obras não salvem alma alguma, é impossível que uma única alma se salve sem as boas obras. Deus nos salva sob uma condição: que peçamos, se queremos receber; busquemos se queremos encontrar; e batamos se queremos que a porta se nos abra. ME1 378 1 Cristo Se oferece, para salvar perfeitamente aos que se chegam a Ele. Convida a todos para irem ter com Ele. "O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora." João 6:37. Na realidade considerais esses assuntos como eu, entretanto lhes dais um torneio que leva confusão aos espíritos. E depois de terdes expresso radicalmente vossos pensamentos acerca das obras, quando vos são feitas perguntas sobre esse mesmo assunto, ele em vosso próprio espírito não está muito claro, e não podeis definir a outros espíritos os princípios corretos, e vós mesmos sois incapazes de fazer vossas afirmações harmonizarem com os vossos princípios e vossa fé. ME1 378 2 O jovem dirigiu-se a Jesus com a pergunta: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Marcos 10:17. E Cristo lhe disse: "Por que Me chamas bom? não há bom senão Um só que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos." Disse-lhe o jovem: "Quais?" Jesus citou vários, e o jovem Lhe disse: "Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?" Disse-lhe Jesus: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu; e vem, e segue-Me." Aí estão as condições, e a Bíblia está repleta de condições. "E o mancebo, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades." Mateus 19:17, 20-22. Pontos que convém notar ME1 378 3 Então, quando dizeis que não há condições, e fazeis algumas declarações muito amplas, sobrecarregais as mentes, e alguns não vêem coerência em vossas expressões. Não podem ver como harmonizar essas expressões com as claras afirmações da Palavra de Deus. Notai esses pontos, por favor. Essas fortes afirmações acerca das obras não tornam nossa posição mais fortalecida. As expressões enfraquecem nossa posição, pois muitos vos considerarão extremista, e perderão as ricas lições que tendes para eles, justamente sobre os assuntos que precisam conhecer. ... Meu irmão, é difícil à mente compreender este ponto, e não confundais mente alguma com idéias que não se harmonizem com a Palavra. Considerai, por favor, que sob os ensinos de Cristo muitos dos discípulos eram lamentavelmente ignorantes; mas quando o Espírito Santo, que Jesus prometeu, veio sobre eles e fez do vacilante Pedro o campeão da fé, que transformação em seu caráter! Mas, não coloqueis nem mesmo um seixo, para a alma fraca na fé, nele tropeçar, por meio de apresentações ou expressões exageradas. Sede sempre coerente, calmo, profundo e firme. Não vades a nenhum extremo em coisa alguma, mas mantende os pés sobre rocha sólida. Ó precioso, precioso Salvador! "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele." João 14:21. ME1 379 1 Esta é a verdadeira prova -- o fazer as obras de Cristo. E é a evidência do amor do agente humano a Jesus, e aquele que faz a Sua vontade dá ao mundo a prova prática do fruto que ele manifesta em obediência, em pureza e em santidade do caráter. ... ME1 379 2 Ó meu irmão, andai cuidadosamente com Deus. Mas lembrai-vos de que há alguns cujos olhos vos fitam com muita atenção, na expectativa de que ultrapasseis o limite, e tropeceis e caiais. Mas se com humildade vos conservardes junto a Jesus, tudo estará bem. ... ME1 379 3 Na escola de Cristo não há lugar onde nos diplomemos. Devemos trabalhar segundo o plano da adição, e o Senhor operará segundo o plano da multiplicação. É pela constante diligência que, pela graça de Cristo, viveremos segundo o plano da adição, fazendo firme nossa vocação e eleição. ... "Porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 1:10-11. -- Carta 44, 1893. Não se comprometer com o pecado ME1 379 4 Sejam meus irmãos muito cuidadosos em como apresentam ao povo o assunto da fé e das obras, para que os espíritos não fiquem confundidos. O povo precisa ser instado à diligência em boas obras. Deve-se-lhes mostrar como ter êxito, como ser purificados, e suas ofertas podem ser fragrantes a Deus. Isto, por virtude do sangue de Cristo. Devem ser apresentadas ao povo mensagens de caráter decisivo. Devem os homens reprovar, repreender toda espécie de mal. ME1 380 1 Se for dada ao anjo de qualquer igreja uma comissão como a que foi dada ao anjo da igreja de Éfeso seja a mensagem ouvida por meio de instrumentos humanos, repreendendo o descuido, a apostasia e o pecado, para que o povo possa ser levado ao arrependimento e confissão do pecado. Nunca procureis encobrir o pecado; pois na mensagem de repreensão, deve Cristo ser proclamado como o primeiro e o último, Aquele que para a alma é tudo em todos. ME1 380 2 Seu poder aguarda que o peçam aqueles que querem vencer. O reprovador deve animar seus ouvintes, de modo que lutem pelo domínio. Deve ele animá-los a lutar pelo libertamento de toda prática pecaminosa, para ser livres de todo hábito corrupto, mesmo que sua negação de si mesmo seja como arrancar a vista direita, ou separar do corpo o braço direito. Nenhuma concessão ou compromisso devem ser feitos em relação a maus hábitos ou práticas pecaminosas. -- Manuscrito 26a, 1892. Cooperação com Deus ME1 380 3 Deve o homem cooperar com Deus, empregando todas as faculdades de acordo com a habilidade que Deus lhe deu. Não deve ignorar o que sejam práticas corretas em comer e beber, e em todos os hábitos da vida. O Senhor pretende que Seus instrumentos humanos procedam como seres racionais e responsáveis, em todo os sentidos. ... ME1 380 4 Não podemos correr o risco de negligenciar um só raio de luz concedido por Deus. Ser lerdo na prática das coisas que requerem diligência é cometer pecado. O instrumento humano deve cooperar com Deus, e ter domínio sobre as paixões que devem estar em sujeição. Para isso fazer deve ele ser incansável em suas orações a Deus, sempre obtendo graça para controlar o espírito, temperamento e ações. Pela graça que lhe é comunicada por Cristo, pode ele ser habilitado a vencer. Ser vencedor significa mais do que muitos supõem. ME1 381 1 O Espírito de Deus responderá ao clamor de todo coração penitente; pois o arrependimento é o dom de Deus, e uma evidência de que Cristo está atraindo a alma para Si. Assim como não podemos ser perdoados sem Cristo, também não nos podemos arrepender sem Ele; e no entanto, é uma humilhação ao homem, com suas paixões e orgulho humano, ir diretamente a Jesus, crendo e confiando nEle quanto a tudo de que ele precisa. ... ME1 381 2 Que homem algum apresente a idéia de que o homem pouco ou nada tem que fazer na grande obra de vencer; pois Deus nada faz para o homem sem a sua cooperação. Nem digais que, depois de haverdes feito tudo que de vossa parte seja possível, Jesus vos ajudará. Disse Cristo: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. De princípio a fim deve o homem ser coobreiro de Deus. A menos que o Espírito Santo opere no coração humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços do homem, somente, são nada mais que nulidade; mas a cooperação com Cristo significa vitória. De nós mesmos não temos poder para nos arrepender dos pecados. A menos que aceitemos o auxílio divino, não podemos dar o primeiro passo rumo do Salvador. Diz Ele: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim" (Apocalipse 21:6), na salvação de cada alma. ME1 381 3 Mas, embora Cristo seja tudo, devemos inspirar todo homem a uma diligência incansável. Devemos porfiar, lutar, afligir-nos, vigiar e orar, para não sermos vencidos pelo astuto inimigo. Pois o poder e a graça com os quais isto podemos fazer vêm de Deus, e todo o tempo devemos confiar nAquele que pode salvar perfeitamente a todos os que por Ele se chegam a Deus. Não deixeis nunca em vossa mente a impressão de que pouco ou nada haja que fazer da parte do homem; ensinai antes ao homem a cooperar com Deus, que assim poderá ter êxito em vencer. ME1 381 4 Que ninguém diga que vossas obras nada têm que ver com vossa categoria e posição diante de Deus. No juízo, a sentença pronunciada será de acordo com o que tenha sido feito ou deixado de fazer. Mateus 25:34-40. ME1 381 5 Esforço e trabalho são necessários da parte do recebedor da graça de Deus; pois é o fruto o que torna manifesto qual a espécie da árvore. Embora as boas obras do homem, sem a fé em Jesus, não sejam de mais valor do que foi a oferta de Caim, contudo, cobertas com o mérito de Cristo, testificam da dignidade do que as pratica, de herdar a vida eterna. Aquilo que no mundo é considerado moralidade, não alcança a norma divina e não tem mais mérito diante do Céu do que teve a oferta de Caim. -- Manuscrito 26a, 1892. Enquanto submisso ao Espírito Santo ME1 382 1 Todo aquele que tem uma verdadeira intuição do que significa ser cristão, purificar-se-á de tudo que enfraquece e corrompe. Todos os seus hábitos de vida serão postos em harmonia com o que requer a Palavra da verdade, e ele não só crerá, mas operará sua própria salvação com temor e tremor, enquanto se submete ao moldar do Espírito Santo. -- The Review and Herald, 6 de Março de 1888. Jesus aceita nossas intenções ME1 382 2 Se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita esta disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência, com Seu próprio mérito divino. Ele não aceitará os que alegam ter fé nEle e no entanto são desleais ao mandamento de Seu Pai. Muito ouvimos acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos estão a enganar a própria alma, vivendo uma religião fácil, acomodatícia, sem cruz. Mas diz Jesus: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." -- Signs of the Times, 16 de Junho de 1890. ------------------------Capítulo 61 -- Cristo, o centro da mensagem ME1 383 1 A mensagem do terceiro anjo requer a apresentação do sábado do quarto mandamento, e esta verdade tem de ser levada perante o mundo; mas o grande centro de atração, Jesus Cristo, não deve ser deixado fora da mensagem do terceiro anjo. Por muitos que se têm empenhado na obra para este tempo, Cristo foi feito secundário, e deram o primeiro lugar a teorias e argumentos. A glória de Deus, revelada a Moisés, acerca do caráter divino, não tem sido feita preeminente. Disse o Senhor a Moisés: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti." Êxodo 33:19. "Passando pois o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado; que ao culpado não tem por inocente." Êxodo 34:6-7. ME1 383 2 Parece que tem havido um véu diante dos olhos de muitos que têm trabalhado na causa, de modo que, ao apresentarem a lei, não tinham uma visão de Jesus, e não proclamavam o fato de que, onde o pecado abundou, superabundou a graça. É junto à cruz do Calvário que a misericórdia e a verdade se encontram, que a justiça e a paz se beijam. O pecador tem de sempre olhar ao Calvário; e com a fé simples de uma criancinha, tem de descansar nos méritos de Cristo, aceitando Sua justiça e crendo em Sua misericórdia. Os obreiros na causa da verdade devem apresentar a justiça de Cristo, não como luz nova, mas como uma luz preciosa que por algum tempo o povo perdeu de vista. Devemos aceitar a Cristo como nosso Salvador pessoal, e Ele nos imputa a justiça de Deus em Cristo. Repitamos e tornemos preeminente a verdade descrita por João: "Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados." 1 João 4:10. ME1 384 1 No amor de Deus abriu-se o mais maravilhoso veio de preciosa verdade, e os tesouros da graça de Cristo apresentam-se abertos perante a igreja e o mundo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Que amor é este -- que maravilhoso, indevassável amor -- que levou a Cristo a morrer por nós quando éramos ainda pecadores! Que perda sofre a alma que, compreendendo os fortes reclamos da lei, todavia deixe de compreender a superabundante graça de Cristo! É certo que a lei de Deus revela o Seu amor, quando é pregada como verdade em Jesus; pois em cada sermão deve o pregador insistir no dom de Cristo por este mundo culpado. Não admira que corações não se tenham enternecido com a verdade, se foi apresentada de modo frio e destituído de vida. Não admira que a fé tenha duvidado das promessas de Deus, se pastores e obreiros têm deixado de apresentar a Jesus em Sua relação com a lei de Deus. Quantas vezes deviam eles ter assegurado ao povo que "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. ME1 384 2 Satanás está resolvido a não permitir que os homens vejam o amor de Deus, que O levou a dar Seu Filho unigênito para salvar a raça perdida; pois é a bondade de Deus que leva os homens ao arrependimento. Oh! como havemos de ter êxito em apresentar ao mundo o profundo e precioso amor de Deus? De nenhum outro modo o podemos abarcar, senão exclamando: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos e Deus!" 1 João 3:1. Digamos aos pecadores: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Apresentando a Jesus como Representante do Pai, seremos capazes de espancar a sombra que Satanás lançou sobre nosso caminho, para não vermos a misericórdia do inexprimível amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo. Olhar para a cruz ME1 385 1 Olhai para a cruz do Calvário. É um permanente penhor do amor ilimitado, da imensurável misericórdia do Pai celestial. Oh! que todos se arrependessem e fizessem as primeiras obras! Quando as igrejas isto fizerem, amarão a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmo. Efraim não invejará a Judá, e Judá não molestará a Efraim. Serão então sanadas as divisões, não mais se ouvirão nas fronteiras de Israel os sons ásperos da contenda. Pela graça concedida livremente por Deus, todos procurarão atender à oração de Cristo, de que Seus discípulos sejam um, como Ele e o Pai são um. Paz, amor, misericórdia e benevolência serão os permanentes princípios da alma. O amor de Cristo será o tema de todos os lábios, e não mais dirá a Testemunha Fiel: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade." Apocalipse 2:4. O povo de Deus permanecerá em Cristo, revelar-se-á o amor de Jesus, e um só Espírito animará todos os corações, regenerando e renovando a todos na imagem de Cristo, moldando uniformemente todos os corações. Como varas vivas da Videira Verdadeira, todos serão unidos em Cristo, a cabeça viva. Cristo habitará em todos os corações, guiando, confortando, santificando, e apresentando ao mundo a unidade dos seguidores de Jesus, dando assim testemunho de que as credenciais celestiais são supridas à igreja remanescente. Na unidade da igreja de Cristo ficará provado que Deus enviou ao mundo Seu Filho unigênito. ME1 386 1 Quando o povo de Deus é um, na união do Espírito, todo o farisaísmo, toda a justiça própria, que foram o pecado da nação judaica, serão expelidos de todos os corações. O molde de Cristo estará sobre cada membro de Seu corpo, e Seus filhos serão novos odres, nos quais pode Ele derramar Seu vinho novo, e este não os romperá. Deus revelará o mistério oculto desde todos os séculos. Ele revelará quais são "as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória". Colossences 1:27. ME1 386 2 Jesus veio para comunicar à alma o Espírito Santo, pelo qual o amor de Deus é derramado no coração; mas é impossível dotar do Espírito Santo os homens aferrados a suas idéias, cujas doutrinas são todas estereotipadas e imutáveis que andam segundo as tradições e mandamentos humanos, como se deu com os judeus nos tempos de Cristo. Eram muito escrupulosos na observância das cerimônias da igreja, muito rigorosos em seguir suas formalidades, mas destituídos de vitalidade e devoção religiosa. Foram por Cristo assemelhados aos odres secos, então usados como recipientes. O evangelho de Cristo não podia ser introduzido em seu coração, pois não havia lugar para contê-lo. Não podiam eles ser odres novos, nos quais Ele pudesse despejar Seu vinho novo. Cristo foi obrigado a buscar em outra parte, que não entre os escribas e fariseus, os odres para Sua doutrina de verdade e vida. Tinha Ele que achar homens dispostos a ter coração regenerado. Veio para dar aos homens coração novo. Disse Ele: "E vos darei um coração novo." Mas os que se tinham por justos, naquele tempo e em nossos dias, não sentem necessidade de ter coração novo. Jesus passou de largo os escribas e fariseus, pois não sentiam necessidade de Salvador. Apegavam-se às formas e cerimônias. Esses serviços haviam sido instituídos por Cristo; tinham sido repletos de vitalidade e beleza espiritual; mas os judeus perderam a vida espiritual de suas cerimônias, e apegavam-se às formas mortas, depois de estar extinta, entre eles, a vida espiritual. Quando se afastaram das reivindicações e mandamentos de Deus, procuraram substituir aquilo que haviam perdido, multiplicando suas próprias exigências, e impondo condições mais rigorosas do que Deus; e quanto mais rígidos se tornavam, tanto menos do amor e Espírito de Deus manifestavam eles. Disse Cristo ao povo: "Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam; pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; e fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas dos seus vestidos, e amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens -- Rabi, Rabi." "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas." Mateus 23:2-7, 23. ME1 387 1 A igreja remanescente é chamada a passar por uma experiência semelhante à dos judeus; e a Testemunha Fiel, que anda no meio dos sete castiçais de ouro, tem uma solene mensagem para Seu povo. Diz Ele: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apocalipse 2:4-5. O amor de Deus tem estado a desaparecer da igreja, e em resultado, o amor de si mesmo tem ressurgido ativamente. Com a perda do amor de Deus veio a perda do amor aos irmãos. Pode a igreja satisfazer a toda a descrição feita da igreja de Éfeso e todavia faltar-lhe a vital piedade. Deles disse Jesus: "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo Meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade." Apocalipse 2:2-4. ME1 388 1 Uma religião legalista tem sido considerada uma forma correta de religião para este tempo. Mas é engano. A repreensão de Jesus aos fariseus é aplicável aos que perderam do coração o primeiro amor. Uma religião fria, legalista, jamais pode levar almas a Cristo; pois é destituída de amor, é religião sem Cristo. Quando o jejuar e orar é praticado num espírito de justificação própria, são abomináveis a Deus. A solene assembléia de culto, a rotina de cerimônias religiosas, a humilhação exterior, o sacrifício imposto -- tudo proclama ao mundo o testemunho de que o praticante dessas coisas se considera justo. Estas coisas chamam a atenção para o observador de deveres rigorosos, dizendo: Este homem tem direito ao Céu. Mas tudo é engano. As obras não nos comprarão a entrada ao Céu. A grande Oferta que foi feita é ampla para todos os que crêem. O amor de Cristo animará o crente com nova vida. Aquele que bebe da água da fonte da vida, será farto com o novo vinho do reino. A fé em Cristo será o meio pelo qual espírito e motivo retos atuarão no crente, e toda a bondade e espiritualidade procederão daquele que olha para Jesus, autor e consumador de sua fé. Olhai para Deus, e não para os homens. Deus é vosso Pai celestial, disposto a suportar pacientemente vossas fraquezas, perdoá-las e saná-las. "A vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. Contemplando a Cristo, tornar-vos-eis transformados, até ao ponto de odiardes vosso orgulho anterior, vossa anterior vaidade e estima própria, vossa justiça própria e incredulidade. Lançareis para o lado esses pecados, como cargas inúteis, e andareis humilde, mansa e confiantemente perante Deus. Praticareis amor, paciência, afabilidade, bondade, misericórdia e todas as graças que habitam no filho de Deus, e afinal encontrareis um lugar entre os santos e puros. ------------------------Capítulo 62 -- Justificados pela fé ME1 389 1 Quando Deus perdoa ao pecador, anula o castigo que ele merece e o trata como se não tivesse pecado, recebe-o no favor divino e o justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de Deus, que Se tornou um sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança. ME1 389 2 Muitos possuem uma fé nominal em Cristo, mas nada sabem da vital confiança nEle, a qual se apropria dos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto. Dessa fé nominal diz Tiago: "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?" Tiago 2:19-20. Muitos concordam que Jesus Cristo seja o Salvador do mundo, mas ao mesmo tempo se conservam afastados dEle, e deixam de arrepender-se de seus pecados, e de aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal. Sua fé é apenas o assentimento da mente e do juízo à verdade; mas esta não é introduzida no coração, para santificar a alma e transformar o caráter. "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." Romanos 8:29-30. O chamado e a justificação não são a mesma coisa. O chamado é o atrair do pecador para Cristo e é a operação do Espírito Santo no coração, convencendo do pecado e convidando ao arrependimento. ME1 390 1 Muitos se acham confundidos quanto ao que constitui os primeiros passos na obra da salvação. O arrependimento é considerado uma obra que o pecador deve realizar por si mesmo, a fim de poder chegar a Cristo. Pensam que o pecador deve por si mesmo conseguir a habilitação para obter a bênção da graça de Deus. Mas, conquanto seja verdade que o arrependimento deve preceder o perdão, pois é unicamente o coração quebrantado e contrito que é aceitável a Deus, o pecador não pode produzir em si o arrependimento, ou preparar-se para ir a Cristo. A menos que o pecador se arrependa, não pode ele ser perdoado; mas a questão que deve ser resolvida é quanto a ser o arrependimento obra do pecador ou dom de Cristo. Tem o pecador de esperar até que esteja tomado de remorsos pelo seu pecado, antes de poder dirigir-se a Cristo? O primeiro passo em direção de Cristo é dado graças à atração do Espírito de Deus; ao atender o homem a esse atrair, vai ter com Cristo a fim de que se arrependa. ME1 390 2 O pecador é comparado a uma ovelha perdida, e uma ovelha perdida jamais volta ao redil a menos que seja pelo pastor procurada e restituída ao redil. Homem algum pode de si mesmo arrepender-se, tornando-se digno da bênção da justificação. O Senhor Jesus está constantemente procurando impressionar o espírito do pecador e atraí-lo a fim de que O contemple, como Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Não podemos dar um passo na vida espiritual, a não ser que Jesus atraia e fortaleça a alma, e nos leve a experimentar aquele arrependimento que jamais decepciona. ME1 391 1 Quando perante os principais sacerdotes e os saduceus, Pedro apresentou claramente o fato de que o arrependimento é dom de Deus. Falando de Cristo, disse ele: "Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados." Atos 5:31. O arrependimento, não menos do que o perdão e a justificação, é dom de Deus, e não pode ser experimentado a não ser que seja concedido à alma por Cristo. Se somos atraídos a Cristo, é-o por Seu poder e virtude. A graça da contrição vem por meio dEle, e dEle vem a justificação. O significado da fé ME1 391 2 Escreve Paulo: "Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao Céu? (isto é, a trazer do alto a Cristo). Ou: Quem descerá ao abismo? (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo). Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação." Romanos 10:6-10. ME1 391 3 A fé que é para salvação não é uma fé casual, não é o mero assentimento do intelecto, é a crença arraigada no coração, que abraça a Cristo como Salvador pessoal, com a certeza de que Ele pode salvar perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Crer que Ele salve a outros, mas não vos salvará a vós, não é fé genuína; mas quando a alma se apóia em Cristo como a única esperança de salvação, então se manifesta fé genuína. Esta fé leva seu possuidor a colocar em Cristo todas as afeições da alma; seu entendimento fica sob o controle do Espírito Santo, e seu caráter é moldado segundo a semelhança divina. Sua fé não é uma fé morta, mas sim que opera por amor, e o leva a contemplar a formosura de Cristo, e a tornar-se semelhante ao caráter divino. [Cita Deuteronômio 30:11-14.] "E o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua semente, para amares ao Senhor teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas." Deuteronômio 30:6. ME1 392 1 É Deus quem circuncida o coração. Toda a obra é do Senhor, de princípio ao fim. Pode dizer o pecador, a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.' Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu." Justiça imputada ME1 392 2 Cristo é um Salvador ressurreto; pois, conquanto estivesse morto, ressuscitou, vivendo sempre para fazer intercessão por nós. Devemos crer com o coração para justiça, e com a boca fazer confissão para salvação. Os que são justificados pela fé, confessarão a Cristo. "Quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." João 5:24. A grande obra operada pelo pecador, impuro e maculado pelo mal, é a obra da justificação. Por Ele, que fala a verdade, é o pecador declarado justo. O Senhor imputa ao crente a justiça de Cristo e perante o Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o representante, substituto e penhor do pecador. Sobre Cristo coloca Ele a iniqüidade de toda alma que crê. "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus." 2 Coríntios 5:21. ME1 392 3 Cristo fez reparação da culpa de todo o mundo, e todos os que se chegarem a Deus com fé, receberão a justiça de Cristo, que levou "Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados". 1 Pedro 2:24. Nosso pecado foi expiado, removido, lançado nas profundezas do mar. Mediante arrependimento e fé livramo-nos do pecado, e olhamos para o Senhor, justiça nossa. Jesus sofreu, o justo pelos injustos. ME1 393 1 Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei, Cristo, por Sua obediência prestada à lei, reclama para a alma arrependida, o mérito de Sua própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é necessário que o pecador saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical da mente e do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no coração, e manifestar seu poder por meio de todas as faculdades do ser; mas o homem não é capaz de originar um arrependimento como esse, e só o pode experimentar por meio de Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. ME1 393 2 Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido? Que deve ele fazer? -- Deve ir ter com Jesus, tal qual está, sem demora. Deve crer que a palavra de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir, para que possa receber. Quando o desejo sincero leva os homens a pedir, eles não orarão em vão. O Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar ao arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. O homem orará e vigiará, e abandonará seus pecados, tornando manifesta sua sinceridade pelo vigor de seu esforço para obedecer aos mandamentos de Deus. Com a oração ele misturará a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas também lhes obedecerá. Ele se manifestará olhando a questão do lado de Cristo. Renunciará a todos os hábitos e associações que tendam a afastar de Deus o coração. ME1 393 3 Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a expiação de Cristo. Certo disto, o pecador tem de fazer um esforço em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas incansáveis recorrer ao trono da graça, para que o poder renovador de Deus possa vir a sua alma. Cristo não perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de toda alma crente. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele poderá dizer: "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como o noivo que se adorna com atavios, e como noiva que se enfeita com as suas jóias." Isaías 61:10. ME1 394 1 Abundante graça foi provida para que o crente possa manter-se livre do pecado; pois todo o Céu, com seus recursos ilimitados, foi posto à nossa disposição. Devemos servir-nos da fonte da salvação. Cristo é o fim da lei, para justiça a todo aquele que crê. Em nós mesmos somos pecadores; mas em Cristo somos justos. Tendo-nos feito justos, mediante a imputada justiça de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos. Considera-nos Seus filhos amados. Cristo atua contra o poder do pecado, e onde este abundava, muito mais abundante é a graça. Romanos 5:20. "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus." Romanos 5:1-2. ME1 394 2 "Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." Romanos 3:24-26. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus." Efésios 2:8. [Cita João 1:14-16.] A promessa do Espírito ME1 394 3 O Senhor deseja Seu povo sadio na fé -- não ignorante da grande salvação que tão abundantemente lhes é provida. Não devem olhar ao futuro, pensando que em algum tempo vindouro uma grande obra seja feita em seu favor, pois a obra está agora completa. O crente não é chamado para fazer paz com Deus; isto ele nunca fez nem pode fazer. Deve aceitar a Cristo como sua paz, pois com Cristo está Deus e a paz. Cristo pôs fim ao pecado, levando no próprio corpo sua pesada maldição, para o madeiro, e Ele removeu a maldição de todos aqueles que crêem nEle como Salvador pessoal. Põe Ele fim ao poder dominante do pecado no coração, e a vida e caráter do crente testificam do genuíno caráter da graça de Cristo. Aos que Lho pedem, comunica Jesus o Espírito Santo; pois é necessário que todo crente seja liberto da poluição, assim como da maldição e condenação da lei. Mediante a obra do Espírito Santo e a santificação da verdade, o crente torna-se habilitado para as cortes celestiais; pois Cristo opera em nós, e Sua justiça sobre nós está. Sem isso, alma alguma terá direito ao Céu. Não desfrutaríamos o Céu a menos que estejamos qualificados para sua atmosfera santa, pela influência do Espírito e a justiça de Cristo. ME1 395 1 Para sermos candidatos ao Céu temos de satisfazer aos requisitos da lei: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27. Só podemos fazer isto ao nos apegarmos, pela fé, à justiça de Cristo. Contemplando a Jesus receberemos no coração um princípio vivo e que se expande, e o Espírito Santo continua a obra, e o crente prossegue de graça em graça, de força em força, de caráter em caráter. Ele se conforma à imagem de Cristo até que, no crescimento espiritual, alcança a medida da plena estatura de Cristo Jesus. Assim Cristo põe fim à maldição do pecado e livra a alma crente de sua ação e efeito. ME1 395 2 Cristo, tão-somente, é capaz de isso fazer, pois "convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados". Hebreus 2:17-18. Reconciliação quer dizer que se removeu toda barreira entre a alma e Deus, e que o pecador reconhece o que significa o amor perdoador de Deus. Por motivo do sacrifício feito por Cristo pelos homens caídos, Deus pode com justiça perdoar ao transgressor que aceite os méritos de Cristo. Cristo foi o conduto pelo qual a misericórdia, amor e justiça puderam fluir, do coração de Deus para o coração do pecador. "Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. ME1 396 1 Na profecia de Daniel acha-se registrado de Cristo que Ele havia de "expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna". Daniel 9:24. Toda alma pode dizer: "Por Sua obediência perfeita satisfez Ele os reclamos da lei, e minha única esperança está em olhar para Ele como meu substituto e penhor, que obedeceu perfeitamente à lei por mim. Pela fé em Seus méritos estou livre da condenação da lei. Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas as exigências da lei. Sou completo nAquele que introduz a justiça eterna. Ele me apresenta a Deus nas vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido por qualquer instrumento humano. Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra e majestade devem ser dados ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo." ME1 396 2 Muitos pensam que devem esperar por um impulso especial, a fim de poderem aproximar-se de Cristo; mas só é necessário ir na sinceridade de propósito, decididos a aceitar os oferecimentos de misericórdia e graça que nos foram feitos. Devemos dizer: "Cristo morreu para me salvar. O desejo do Senhor é que eu seja salvo, e irei a Jesus tal qual estou, e sem demora. Agirei confiando na promessa. Ao atrair-me Cristo, atenderei." Diz o apóstolo: "Com o coração se crê para a justiça." Romanos 10:10. Ninguém pode crer com o coração para a justiça, e obter justificação pela fé, enquanto continuar na prática das coisas que a Palavra de Deus proíbe, ou enquanto negligenciar qualquer dever conhecido. Boas obras, fruto da fé ME1 397 1 A fé genuína se manifestará em boas obras, pois boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração, e entregar o homem sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida. Todo pecado deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o crente tem de ter uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação. ME1 397 2 Os que são justificados pela fé devem ter no coração o desejo de andar nos caminhos do Senhor. É uma prova de não estar o homem justificado pela fé, não corresponderem suas obras a sua profissão. Diz Tiago: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada." Tiago 2:22. ME1 397 3 A fé que não produz boas obras não justifica a alma. "Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé." Tiago 2:24. "Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." Romanos 4:3. ME1 397 4 A imputação da justiça de Cristo vem mediante a fé justificadora, e é a justificação pela qual Paulo se bate tão fervorosamente: Diz ele: "Por isso nenhuma carne será justificada diante dEle pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus. ... Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Romanos 3:20-31. ME1 398 1 Graça é favor imerecido, e o crente é justificado sem qualquer mérito seu próprio, sem nenhum direito a alegar a Deus. É ele justificado pela redenção que há em Cristo Jesus, que está nas cortes do Céu como substituto e penhor do pecador. Mas, conquanto seja justificado por virtude dos méritos de Cristo, não é ele livre para praticar a injustiça. A fé opera por amor e purifica a alma. A fé desabrocha e floresce e traz uma colheita de fruto precioso. Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se negligenciam os órfãos e as viúvas, são vestidos os desnudos, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o bem, e quando homens a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os passos. A expressão do semblante revela sua experiência, e os homens os conhecem como os que estiveram com Jesus e dEle aprenderam. Cristo e o crente tornam-se um, e Sua formosura de caráter se revela naqueles que se acham vitalmente ligados com a Fonte de poder e amor. Cristo é o grande depositário da justificadora justiça e da graça santificante. ME1 398 2 Todos a Ele podem ir e receber Sua plenitude. Diz Ele: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Então, por que não lançar de lado toda a incredulidade e atentar para as palavras de Jesus? Quereis descanso; anelais a paz. Dizei, então, de coração: "Senhor Jesus, eu venho, porque Tu me fizeste este convite." Crede nEle, com fé inabalável, e Ele vos salvará. Tendes olhado para Jesus, que é autor e consumador de vossa fé? Tendes contemplado Aquele que é pleno de verdade e graça? Aceitastes a paz que só Cristo pode dar? Se não, rendei-vos então a Ele, e pela Sua graça buscai um caráter que seja nobre e elevado. Buscai um espírito constante, resoluto, alegre. Alimentai-vos de Cristo, que é o pão da vida, e manifestareis a Sua amabilidade de caráter e espírito. ------------------------Capítulo 63 -- A pérola de grande preço ME1 399 1 "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. A justiça de Cristo, qual pérola pura e alva, não tem defeito, não tem mancha nem culpa. Essa justiça pode ser nossa. A salvação, com seus inestimáveis tesouros adquiridos por preço de sangue, é a pérola de grande preço. Pode ser procurada e encontrada. Mas todos os que realmente a encontram venderão tudo que têm para adquiri-la. Dão prova de que são um com Cristo, como Ele é um com o Pai. Na parábola, o negociante é representado como vendendo tudo que possuía para conseguir a posse de uma pérola de grande preço. É esta uma bela representação dos que apreciam a verdade tão altamente que renunciam a tudo quanto possuem para entrar de posse dela. Pela fé apoderam-se da salvação que lhes é provida à custa do sacrifício do unigênito Filho de Deus. ME1 399 2 Alguns há que estão buscando, sempre buscando a boa pérola. Mas não fazem uma renúncia completa de seus maus hábitos. Não morrem para o próprio eu, para que Cristo neles viva. Por isso não encontram a preciosa pérola. Não venceram suas ambições profanas e amor aos atrativos mundanos. Não tomam a cruz, para seguir a Cristo na vereda da abnegação e sacrifício do próprio eu. Nunca sabem o que é ter paz e harmonia na alma; pois sem a entrega completa não há descanso, não há alegria. Quase cristãos, mas não cristãos integrais, parecem perto do reino dos Céus, mas nele não entram. Quase salvo, mas não completamente, significa estar não quase, mas completamente perdido. ME1 400 1 A diária consagração a Deus traz paz e descanso. O negociante vendeu tudo que possuía, para adquirir a pérola. Quando os que estão buscando a salvação se recusarem a fracassar ou se desanimar, encontrarão paz e descanso no Senhor. Cristo os vestirá com Sua justiça. Ele lhes proverá um coração puro e espírito novo. Estas bênçãos custaram a vida do Filho de Deus, e são oferecidas livremente àqueles pelos quais foi feito o sacrifício. Como, porém, tratam alguns a dádiva oferecida? -- Volvem-lhe costas, preferindo os prazeres desta vida. Deles diz Cristo: "Não quereis vir a Mim para terdes vida." João 5:40. ME1 400 2 Os pecadores acham-se entregues a um engano tremendo. Desprezam e rejeitam o Salvador. Não reconhecem o valor da pérola que lhes é oferecida, e lançam-na fora, só votando ao seu Redentor insulto e escárnio. Muita mulher cobre-se de anéis e braceletes, julgando atrair admiração, mas recusa-se a aceitar a pérola de alto preço, que lhe asseguraria santificação, honra, e riquezas eternas. Que vaidade possui o pensamento de muitos! Ficam mais encantados com ninharias terrenas, que brilham e cintilam, do que com a coroa de vida imortal, a qual é a recompensa divina da lealdade. "Porventura, esquece-se a virgem dos seus enfeites ou a esposa dos seus cendais? Todavia, o Meu povo se esqueceu de Mim por inumeráveis dias." Jeremias 2:32. ------------------------Capítulo 64 -- "As trevas não a compreenderam" ME1 401 1 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz; para que todos cressem por ele. Não era ele a luz; mas para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo." João 1:1-9. ME1 401 2 Tem-me sido feita a pergunta: "Pensa que o Senhor tem qualquer nova luz para nós como um povo?" Respondo que Ele tem luz que para nós é nova, e todavia é preciosa luz antiga que há de brilhar da Palavra da verdade. Possuímos apenas os vislumbres dos raios da luz que nos há de vir ainda. Não estamos fazendo o máximo com a luz que o Senhor já nos tem concedido, e assim deixamos de receber acréscimo de luz; não andamos na luz que já foi derramada sobre nós. ME1 402 1 Dizemo-nos povo observador dos mandamentos, mas não compreendemos a enorme amplidão dos vastos princípios da lei de Deus; não compreendemos seu caráter sagrado. Muitos que alegam ser professores da verdade, não têm verdadeira compreensão do que estão fazendo ao ensinarem a lei de Deus, porque não possuem conhecimento vivo do Senhor Jesus Cristo. ME1 402 2 Ao lermos acerca de Lutero, Knox e outros reformadores notáveis, admiramos-lhes a força, o animo e coragem possuídos por aqueles fiéis servos de Deus, e gostaríamos de apropriar-nos do espírito que os animava. Desejamos saber de que fonte de fraqueza tiraram força. Embora esses grandes homens tivessem sido usados como instrumentos de Deus, não eram sem defeito. Eram homens falíveis, e cometeram grandes erros. Devemos buscar imitar-lhes as virtudes, mas não fazer deles nosso modelo. Esses homens possuíam raros talentos para levar avante a obra da Reforma. Eram impelidos por um poder acima de si mesmos; mas não eram os homens -- os instrumentos que Deus usou -- que deviam ser exaltados e honrados, mas o Senhor Jesus, que fez com que lhes sobreviesse Sua luz e poder. Que aqueles que amam a verdade e a justiça, a quem incumbem os legados hereditários confiados àqueles porta-estandartes, louvem a Deus, a Fonte de toda a luz. ME1 402 3 Se fosse anunciado que mensageiros angélicos abririam aos homens os tesouros do conhecimento relacionado com as coisas celestiais, que sensação não criaria isto no mundo cristão! A atmosfera do Céu circundaria os mensageiros, e com que sofreguidão muitos ouviriam as palavras que lhes caíssem dos lábios! Os homens escreveriam livros chamando a atenção às palavras dos anjos. No entanto, um ser maior do que os anjos esteve em nosso mundo: o próprio Senhor veio para fazer refletir sobre os homens a luz do Céu. Declarou-Se Ele a Si mesmo como um com o Pai, cheio de graça e verdade, Deus manifesto em carne. ME1 402 4 O Senhor Jesus, que é a imagem do Deus invisível, deu a própria vida para salvar o homem que perecia, e, oh! que luz, que poder traz Ele consigo! NEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Que mistério de mistérios! É difícil apreender nossa razão a majestade de Cristo, o mistério da redenção. A vergonhosa cruz se ergueu, os cravos Lhe perfuraram mãos e pés, a cruel lança Lhe dilacerou o coração, e foi pago o preço da redenção da raça humana. O imaculado Cordeiro de Deus levou Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro; tomou sobre Si as nossas enfermidades. Tema inesgotável ME1 403 1 A redenção é um tema inesgotável, digno de nossa mais íntima contemplação. Sobrepuja a compreensão do pensamento mais profundo, o alcance da mais vívida imaginação. Porventura desvendaremos os arcanos de Deus? Os tesouros da sabedoria e conhecimento estão franqueados a todos os homens, e se milhares dos mais talentosos homens dedicassem todo o tempo a sempre nos apresentar a Jesus, aplicando-se a descrever da melhor maneira os Seus incomparáveis encantos, jamais esgotariam o assunto. ME1 403 2 Embora grandes e talentosos autores tenham tornado conhecidas verdades maravilhosas, e tenham apresentado ao povo aumentado esclarecimento, ainda em nossos dias encontraremos novas idéias, e vastos campos nos quais trabalhar, pois o tema da salvação é inesgotável. A obra tem prosseguido de século em século, expondo a vida e caráter de Cristo, e o amor de Deus como foi manifestado no sacrifício expiatório. O tema da redenção empregará a mente dos remidos através de toda a eternidade. Novos e ricos desdobramentos serão manifestos no plano da salvação, através dos séculos eternos. ME1 403 3 Estivesse Jesus conosco hoje, e nos diria, como disse aos discípulos: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." João 16:12. Jesus anelava abrir ao espírito dos discípulos verdades vivas e profundas, mas sua terrenalidade, sua compreensão deficiente e enuviada o tornavam impossível. Não podiam ser beneficiados com verdades grandes, gloriosas e solenes. A ausência de crescimento espiritual fecha a porta aos ricos raios de luz que resplandecem de Cristo. Jamais alcançaremos um período em que não haja para nós acréscimo de luz. As palavras de Jesus eram sempre de vasto alcance em seu sentido. Os que ouviam os Seus ensinamentos, possuídos de opiniões preconcebidas, não assimilavam o sentido que tinham Seus pronunciamentos. Jesus era a fonte, o originador da verdade. ME1 404 1 Os grandes temas do Antigo Testamento eram compreendidos mal e mal-interpretados, e foi obra de Cristo expor a verdade que não fora compreendida por aqueles aos quais havia sido dada. Os profetas haviam feito as declarações, mas a importância espiritual do que tinham escrito não foi por eles descoberta. Não reconheceram o sentido da verdade. Jesus reprovou Seus discípulos por sua lerdeza de compreensão. Muitas de Suas preciosas lições perderam-nas eles, porque não compreendiam a grandeza espiritual de Suas palavras. Prometeu Ele, porém, que viria o Consolador, que o Espírito de verdade lhes traria à lembrança as palavras esquecidas. Deu-lhes a compreender que deixara com eles preciosas gemas de verdade, cujo valor desconheciam. Preciosas gemas em minas da verdade ME1 404 2 Após a crucifixão e a ressurreição de Cristo, Seus discípulos escutavam com admiração e assombro a Suas lições sobre a Verdade; pois pareciam-lhes idéias novas. Ele, porém, lhes disse: "São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco. ... Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras." Lucas 24:44-45. A verdade está constantemente a desdobrar-se e apresentar a diferentes espíritos novos aspectos. Todos os que cavam nas minas da verdade, descobrirão constantemente ricas e preciosas gemas. Estamos ansiosos de que todos os que alegam crer na verdade que diante de nós está aberta, e especialmente os que assumem a responsabilidade de ensinar a outros a verdade, tenham eles mesmos um conceito mais claro do importantíssimo significado dos temas da Bíblia. ME1 404 3 Os que se põem em defesa da lei de Deus acham-se numa posição em que precisam muito do Espírito de Deus. Se aos pastores falta a brandura, se se irritam facilmente quando encontram oposição, é evidente que precisam de iluminação divina. Devem os homens manifestar a graça de Cristo ao trabalharem em favor de almas. A verdade, como é em Jesus, terá sobre o espírito dos descrentes uma influência inteiramente diversa da que ela tem quando apresentada como teoria ou como assunto controverso. ME1 405 1 Se fizermos mesmo o melhor que pudermos para apresentar a verdade em seu caráter comovedor, contrariando as opiniões e idéias de outros, será mal-interpretada, mal aplicada e mal citada aos que entretêm o erro, a fim de fazê-la aparecer numa luz objetável. Existem alguns, aos quais levais a verdade, que não têm estado a sorver do vinho de Babilônia. É-lhes difícil compreender a verdade, daí a necessidade de ensiná-la como é em Jesus. ME1 405 2 Os que alegam amar a verdade, estão em condições de ser mansos e humildes de coração, como foi o grande Mestre. Os que têm laborado diligentemente nas minas da Palavra de Deus, e têm descoberto o precioso ouro nos ricos veios da verdade, nos divinos mistérios ocultos desde séculos, exaltarão o Senhor Jesus, a Fonte de toda a verdade, revelando em seu caráter o poder santificante daquilo que crêem. Jesus e Sua graça têm de ser entesourados no íntimo do santuário da alma. Então será Ele revelado em palavras, em oração, em exortação, ao ser apresentada a verdade sagrada, pois este é o grande segredo do êxito espiritual. ME1 405 3 Quando o próprio eu é entretecido em nossos labores, a verdade que levamos a outros não santifica, não refina nem enobrece nosso coração; não testifica de que somos vasos apropriados para uso do Mestre. É tão-somente mediante oração fervorosa que podemos manter suave comunhão com Jesus, e mediante esta bendita comunhão as palavras e o espírito se tornam fragrantes com o espírito de Cristo. Não existirá um só coração que não subsista ao escrutínio. Jesus, o precioso Salvador, ordenou a vigilância. A supervisão do próprio eu não deve ser relaxada por um único momento. O coração tem de ser guardado com diligência, pois dele procedem as saídas da vida. Vigiai e disciplinar os pensamentos, para que não pequeis com os vossos lábios. ------------------------Capítulo 65 -- Como relacionar-nos com um ponto de doutrina controverso ME1 406 1 Devemos compreender o tempo em que vivemos. Não o compreendemos nem pela metade. Não o apreendemos pela metade. Meu coração treme dentro de mim quando penso qual o inimigo que temos a defrontar e quão pobremente nos achamos preparados para defrontá-lo. As provas dos filhos de Israel, e sua atitude justamente antes da vinda de Cristo, foram-me apresentadas repetidamente para ilustrar a posição do povo de Deus em sua experiência antes da segunda vinda de Cristo -- como o inimigo procurou toda ocasião para assumir o controle da mente dos judeus, e hoje procura ele cegar a mente dos servos de Deus, a fim de que não sejam capazes de discernir a preciosa verdade. ME1 406 2 Quando Cristo veio ao nosso mundo, Satanás estava em campo, e disputou cada palmo de avanço, em Sua vereda desde a manjedoura até ao Calvário. Satanás acusara a Deus de exigir abnegação dos anjos, quando nada sabia Ele mesmo do que isso significava, e quando Ele mesmo nenhum sacrifício fazia em favor de outros. Esta foi a acusação que Satanás fez contra Deus no Céu; e depois que o maligno foi expulso do Céu, continuamente acusou o Senhor de exigir serviço que Ele mesmo não faria. Cristo veio ao mundo para desfazer essas falsas acusações e revelar o Pai. Não podemos imaginar a humilhação que Ele suportou ao tomar sobre Si a nossa natureza. Não que fosse, em si, uma desonra pertencer ao gênero humano, mas era Ele a Majestade do Céu, o Rei da glória, e humilhou-Se para tornar-Se um bebê e sofrer as necessidades e aflições dos mortais. Humilhou-Se, não para a mais alta posição, para ser homem de riquezas e poder, mas embora fosse rico, por nossa causa Se tornou pobre, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. Deu um passo após outro, na humilhação. Foi tangido de uma cidade para outra, pois não quiseram os homens receber a Luz do mundo. Estavam perfeitamente satisfeitos com sua situação. ME1 407 1 Cristo apresentara preciosas gemas da verdade, mas os homens as lançaram ao refugo da superstição e do erro. Comunicara-lhes as palavras de vida, mas eles não viveram por toda palavra que sai da boca de Deus. Viu Ele que o mundo não podia encontrar a Palavra de Deus, pois estava oculta sob as tradições dos homens. Veio para expor ao mundo a relativa importância do Céu e da Terra, e colocar a verdade em seu lugar devido. Jesus, unicamente, podia revelar a verdade que era necessário que os homens soubessem para que alcançassem a salvação. Ele, só, podia colocá-la na moldura da verdade, e era Sua obra libertá-la do erro e colocá-la diante dos homens em sua luz celestial. ME1 407 2 Satanás despertou-se para se Lhe opor, pois não fizera ele, desde a queda, todos os esforços para fazer a luz parecer trevas, e as trevas luz? Enquanto Cristo procurava colocar a verdade diante do povo em sua devida relação com sua salvação, Satanás operava por intermédio dos líderes judeus, inspirando-lhes inimizade contra o Redentor do mundo. Resolveram fazer tudo que estava ao seu alcance para impedir que Ele causasse impressão sobre o povo. ME1 407 3 Oh! quanto anelava Cristo, como Lhe ardia o coração, por abrir aos sacerdotes os maiores tesouros da verdade! Mas seu espírito recebera um molde tal que era quase impossível revelar-lhes as verdades relacionadas com o Seu reino. As Escrituras não haviam sido lidas da maneira devida. Os judeus tinham aguardado o advento do Messias, mas pensavam que teria de vir em toda a glória que há de acompanhar Sua segunda vinda. Por não ter Ele vindo com toda a majestade de um rei, rejeitaram-nO completamente. Mas não foi simplesmente por não ter Ele vindo em esplendor, que O rejeitaram. Foi porque Ele era a concretização da pureza, e eles eram impuros. Ele andou na Terra como Homem de integridade imaculada. Tal caráter, em meio da degradação e do mal, estava fora de harmonia com os desejos deles, e Ele foi insultado e desprezado. Sua vida imaculada despedia luz sobre o coração dos homens, descobrindo-lhes a iniqüidade em seu feitio odioso. ME1 408 1 O Filho de Deus a cada passo era assaltado pelos poderes das trevas. Após o Seu batismo foi pelo Espírito levado ao deserto onde por quarenta dias sofreu tentação. Tenho recebido cartas, afirmando que Cristo não podia ter tido a mesma natureza que o homem, pois nesse caso, teria caído sob tentações semelhantes. Se não possuísse natureza humana, não poderia ter sido exemplo nosso. Se não fosse participante de nossa natureza, não poderia ter sido tentado como o homem tem sido. Se não Lhe tivesse sido possível ceder à tentação, não poderia ser nosso Auxiliador. Era uma solene realidade esta de que Cristo veio para ferir as batalhas como homem, em favor do homem. Sua tentação e vitória nos dizem que a humanidade deve copiar o Modelo; deve o homem tornar-se participante da natureza divina. Divindade e humanidade unidas em Cristo ME1 408 2 Em Cristo combinaram-se divindade e humanidade. A divindade não se degradou, para tornar-se humanidade; a divindade conservou seu lugar, mas a humanidade, pela união com a divindade, resistiu à mais feroz prova da tentação no deserto. O príncipe deste mundo chegou-se a Cristo depois de Seu longo jejum, quando estava no auge da fome, e sugeriu-lhe que mandasse às pedras que se tornassem pão. Mas o plano de Deus, delineado para a salvação do homem, previa que Cristo conhecesse a fome, a pobreza e todos os aspectos da experiência do homem. Resistiu Ele à tentação, mediante o Poder que o homem também pode possuir. Apoiou-Se no trono de Deus, e não existe homem ou mulher que não possa ter acesso ao mesmo auxílio, pela fé em Deus. Pode o homem tornar-se participante da natureza divina; não vive uma alma que não possa chamar o auxílio do Céu, quando tentada e provada. Cristo veio para revelar a fonte de Seu poder, a fim de que o homem não confiasse jamais em suas capacidades humanas desajudadas. ME1 409 1 Os que querem vencer devem empenhar ao máximo todas as faculdades de seu ser. Devem lutar, de joelhos diante de Deus, pedindo poder divino. Cristo veio para ser nosso exemplo e nos revelar que podemos ser participantes da natureza divina. Como? -- Tendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Satanás não alcançou a vitória sobre Cristo. Não pôs o pé sobre a alma do Redentor. Não atingiu a cabeça, se bem que tenha ferido o calcanhar. Cristo, por Seu exemplo, tornou evidente que o homem pode permanecer íntegro. É possível aos homens ter poder para resistir ao mal -- poder que nem a Terra nem a morte nem o inferno conseguem dominar; poder que os colocará onde alcancem vencer, como Cristo venceu. Neles pode combinar-se a divindade e a humanidade. ME1 409 2 Foi obra de Cristo apresentar a verdade na moldura do evangelho, e revelar os preceitos e princípios que Ele dera ao homem caído. Todas as idéias que Ele apresentava eram dEle mesmo. Não teve necessidade de tomar emprestados pensamentos de quem quer que fosse, pois era Ele o originador de toda a verdade. Podia apresentar as idéias de profetas e filósofos, e preservar Sua originalidade, pois Sua era toda a sabedoria; era Ele a fonte, o manancial de toda a verdade. Estava na dianteira de todos, e por Seus ensinos tornou-Se o guia espiritual de todos os séculos. ME1 409 3 Foi Cristo que falou através de Melquisedeque, o sacerdote do Deus altíssimo. Melquisedeque não era Cristo, mas era a voz de Deus no mundo, representante do Pai. E através de todas as gerações do passado, Cristo falou; Cristo dirigiu Seu povo, e tem sido a luz do mundo. Quando Deus escolheu a Abraão como representante de Sua verdade, tomou-o de sua terra, para fora de sua parentela, pô-lo à parte. Desejava moldá-lo de acordo com o Seu próprio modelo. Desejava ensiná-lo de acordo com o Seu plano. Não lhe devia ser imposto o molde dos mestres do mundo. Devia ser ensinado a ordenar seus filhos e sua casa após ele, de modo que guardassem o caminho do Senhor, fizessem justiça e juízo. Esta é a obra que Deus quer que façamos. Deseja que compreendamos como governar nossa família, como controlar os filhos, como ordenar nossa casa para que guarde o caminho do Senhor. João chamado para uma obra especial ME1 410 1 João foi chamado para fazer uma obra especial; devia preparar o caminho do Senhor, endireitar as Suas veredas. O Senhor não o enviou à escola dos profetas e rabis. Levou-o para fora do ajuntamento dos homens, ao deserto, a fim de que aprendesse da Natureza e do Deus da Natureza. Deus não desejava que ele tivesse o molde dos sacerdotes e príncipes. Foi chamado para fazer uma obra especial. O Senhor foi quem lhe deu sua mensagem. Porventura foi ele aos sacerdotes e príncipes para lhes perguntar se podia proclamar essa mensagem? -- Não, Deus o afastou deles, para que não fosse influenciado por seu espírito e ensinamentos. Foi ele a voz do que clama no deserto: "Preparai o caminho do Senhor: endireitai no ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro serão abatidos; e o que está torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará. E a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente verá que foi a boca do Senhor que isto disse." Isaías 40:3-5. Esta é exatamente a mensagem que deve ser dada ao nosso povo; estamos perto do fim do tempo e a mensagem é: Preparai o caminho do Rei; tirai as pedras; erguei um estandarte para o povo. O povo deve ser despertado. Não é agora o tempo de clamar: Paz e segurança! Somos exortados a clamar "em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados". Isaías 58:1. ME1 410 2 A luz da glória de Deus resplandeceu sobre nosso Representante, e este fato nos diz que a glória de Deus pode brilhar sobre nós. Com Seu braço humano, Jesus envolveu a raça humana, e com Seu braço divino alcançou o trono do Infinito, ligando o homem a Deus, e a Terra ao Céu. ME1 411 1 A luz da glória de Deus tem de incidir sobre nós. Carecemos da santa unção vinda do alto. Por mais inteligente, por mais erudito que um homem possa ser, ele não se acha habilitado para ensinar a menos que tenha firme apoio no Deus de Israel. Quem está ligado ao Céu fará as obras de Cristo. Pela fé em Deus terá ele poder para impressionar a humanidade. Procurará as ovelhas perdidas da casa de Israel. Se o poder divino não se combinasse com o esforço humano, eu não daria uma palha por tudo que o mais famoso homem pudesse fazer. Está faltando o Espírito Santo em nossa obra. Coisa alguma me assusta mais do que ver o espírito de divergência manifestado por nossos irmãos. Estamos em terreno perigoso, se não nos podemos reunir como cristãos, e examinar cortesmente os pontos controvertidos. Tenho a impressão de dever fugir do lugar para não receber o molde daqueles que não podem pesquisar candidamente as doutrinas da Bíblia. ME1 411 2 Os que não podem examinar imparcialmente as evidências de uma posição que difere da deles, não estão habilitados a ensinar em qualquer departamento da causa de Deus. O que precisamos é o batismo do Espírito Santo. Sem isto, não estamos mais habilitados a sair ao mundo, do que estavam os discípulos depois da crucifixão do Senhor. Jesus conhecia sua carência, e disse-lhes que demorassem em Jerusalém até que fossem dotados de poder do alto. Todo professor tem de ser aluno, a fim de que seus olhos sejam ungidos para ver as evidências da verdade de Deus, em marcha. Os raios do Sol da Justiça têm de brilhar em seu próprio coração, se quiser comunicar luz aos outros. ME1 411 3 Ninguém é capaz de explicar as Escrituras sem o auxílio do Espírito Santo. Mas quando tomais a Palavra de Deus com o coração humilde e dócil, os anjos de Deus estarão a vosso lado para impressionar-vos com as evidências da verdade. Quando o Espírito de Deus repousa sobre vós, não há sentimento de inveja ou ciúme ao examinar a atitude alheia; não haverá espírito de acusação e crítica, como o que Satanás inspirou ao coração dos líderes judeus contra Cristo. Como disse Cristo a Nicodemos, assim vos digo: "Necessário vos é nascer de novo." "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:7, 3. Tendes de ter o molde divino antes de poderdes discernir as sagradas reivindicações da verdade. A menos que o professor seja um aluno na escola de Cristo, não está ele habilitado para ensinar a outros. A obra especial de Ellen G. White ME1 412 1 Devemos chegar a uma situação em que toda divergência se dissolva. Se penso que tenho luz, cumprirei meu dever apresentando-a. Suponhamos que eu consultasse outros acerca da mensagem que o Senhor deseja que dê ao povo; a porta poderia fechar-se, de modo que a luz não alcançaria aqueles a quem Deus a enviou. Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, "toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no Céu, e glória nas alturas. E disseram-Lhe dentre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os Teus discípulos. E, respondendo Ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão". Lucas 19:37-40. ME1 412 2 Os judeus tentaram impedir a proclamação da mensagem que fora predita na Palavra de Deus; mas tinha de cumprir-se a profecia. O Senhor diz: "Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor." Malaquias 4:5. Alguém há de vir, no espírito e poder de Elias, e quando aparecer, os homens dirão: "O senhor é fervoroso demais, não interpreta da maneira devida as Escrituras. Deixe-me dizer-lhe como ensinar sua mensagem." ME1 412 3 Há muitos que não sabem distinguir entre a obra de Deus e a do homem. Direi a verdade, tal qual Deus ma dá, e digo agora: Se continuardes a criticar, a ter um espírito de divergência, jamais conhecereis a verdade. Jesus disse a Seus discípulos: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." João 16:12. Não estavam em condições de apreciar as coisas sagradas e eternas; mas Jesus prometeu enviar o Confortador, que lhes ensinaria todas as coisas, e lhes traria à lembrança tudo que lhes dissera. Irmãos, não devemos pôr no homem nossa dependência. "Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz; porque em que se deve ele estimar?" Isaías 2:22. Deveis apoiar em Jesus vossa alma desajudada. Não nos convém beber da fonte do vale, quando há uma fonte na montanha. Deixemos as correntes inferiores, subamos aos mananciais mais altos. Se há um ponto da verdade que não compreendeis, sobre o qual não concordais, examinai, comparai passagem com passagem, aprofundai o poço da verdade até ao fundo da mina da Palavra de Deus. Tendes de colocar-vos e as vossas opiniões sobre o altar de Deus, abandonar vossas idéias preconcebidas, e deixar que o Espírito do Céu vos guie em toda a verdade. ME1 413 1 Meu irmão disse-me certa vez que não queria ouvir coisa alguma da doutrina que mantemos, por temer que se convencesse. Não ia às reuniões nem ouvia os sermões; depois, porém, declarou que se sentia tão culpado como se os tivesse ouvido. Deus lhe dera ocasião de conhecer a verdade, e o teria como responsável por essa oportunidade. Há entre nós muitos que têm preconceito contra doutrinas que estão sendo estudadas agora. Não vêm para ouvir, não analisam calmamente, mas apresentam suas objeções no escuro. Estão perfeitamente satisfeitos com sua atitude. "Dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te." Apocalipse 3:17-19. ME1 413 2 Esta passagem se aplica aos que vivem sob o sonido da mensagem, mas não vêm para ouvi-la. Como não sabeis que o Senhor está dando novas evidências de Sua verdade, colocando-a em nova moldura, para que seja preparado o caminho do Senhor? Que planos tendes delineado para que nova luz possa ser disseminada através da fileira do povo de Deus? Que prova tendes de que Deus não enviou luz a Seus filhos? Toda presunção, egoísmo, e orgulho de opinião têm de ser postos de lado. Temos de ir aos pés de Jesus, e aprender dAquele que é manso de coração. Jesus não ensinava os Seus discípulos como os rabis ensinavam os seus. Muitos judeus se chegavam para ouvir a Cristo, quando revelava os mistérios da salvação, mas não iam para aprender; iam para criticar; para apanhá-Lo em alguma incoerência, a fim de que tivessem alguma coisa com a qual levar preconceito ao povo. Contentavam-se com o seu conhecimento, mas os filhos de Deus têm de conhecer a voz do verdadeiro Pastor. Não é este um tempo em que seria muito apropriado jejuar e orar perante Deus? Estamos em perigo de haver discórdia, em perigo de tomar atitudes num ponto controvertido; e não deveríamos buscar ao Senhor em sinceridade, com humilhação de alma, a fim de que saibamos que é a verdade? Sob a figueira ME1 414 1 Natanael ouviu João, quando apontou ao Salvador e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"! João 1:29. Natanael olhou a Jesus mas ficou decepcionado com o aspecto do Salvador do mundo. Poderia Ele, que denotava sinais de labuta e pobreza, ser o Messias? Jesus era um obreiro; labutara com humildes trabalhadores, e Natanael afastou-se. Não formou, porém, decisivamente sua opinião quanto ao caráter de Jesus. Ajoelhou-se sob uma figueira, indagando de Deus se de fato aquele homem era o Messias. Enquanto ali se achava, chegou Filipe e disse: "Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José." Mas a palavra "Nazaré" de novo lhe despertou incredulidade, e disse: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" Estava tomado de preconceito, mas Filipe não procurou combater o preconceito; disse simplesmente: "Vem, e vê." Quando Natanael chegou à presença de Jesus, disse-lhe Este: "Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo." Natanael ficou surpreso. Disse: "Donde me conheces Tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi Eu, estando tu debaixo da figueira." João 1:45-48. ME1 415 1 Não nos conviria irmos para debaixo da figueira para instar com Deus quanto ao que é a verdade? Não estariam sobre nós os olhos de Deus, como estiveram sobre Natanael? Natanael cria no Senhor, e exclamou: "Rabi, Tu és o Filho de Deus. Tu és o Rei de Israel. Jesus respondeu e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o Céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem." João 1:49-51. ME1 415 2 Isto é o que havemos de ver, se estivermos unidos a Deus. Deus quer que confiemos nEle, e não no homem. Deseja que tenhamos novo coração; deseja conceder-nos revelações de luz, do trono de Deus. Devemos lutar contra toda dificuldade, mas em se apresentando algum ponto controvertido, porventura devereis ir a um homem para saber qual sua opinião, e então moldar vossas conclusões pelas dele? -- Não, ide a Deus. Dizei-lhe qual vossa necessidade; tomai a Bíblia e buscai como a tesouros escondidos. Não nos aprofundamos o suficiente ME1 415 3 Nós não nos aprofundamos bastante, em nossa pesquisa da verdade. Toda alma que crê na verdade presente será levada a uma situação em que lhe será exigido dar a razão da esperança que há nela. O povo de Deus será convocado perante reis, príncipes, dominadores e grandes homens da Terra, e terão de ter convicção de que sabem que é a verdade. Têm de ser homens e mulheres convertidos. Deus, pelo Seu Santo Espírito, pode ensinar-vos mais num momento, do que poderíeis aprender dos grandes homens da Terra. O Universo contempla a luta que se processa na Terra. A um preço infinito, Deus proveu a todo homem uma oportunidade de saber o que é que o fará sábio para a salvação. Quão ansiosamente olham os anjos, para ver quem se prevalecerá dessa oportunidade! ME1 416 1 Quando uma mensagem é apresentada ao povo de Deus, não deve ele erguer-se em oposição a ela; deve ir à Bíblia, comparando-a com a lei e o testemunho, e se não subsistir à prova, não será verdadeira. Deus quer que nossa mente se expanda. Deseja colocar sobre nós a Sua graça. Podemos ter cada dia um banquete de iguarias; pois Deus pode abrir-nos todo o tesouro do Céu. Devemos ser um com Cristo, assim como Ele é um com o Pai, e o Pai nos amará como ama a Seu Filho. Podemos receber o mesmo auxílio que Cristo recebeu, podemos ter forças para qualquer emergência, pois Deus será nossa defesa, na frente e na retaguarda. Circundar-nos-á de todos os lados, e quando formos levados à presença de dominadores, perante as autoridades da Terra, não precisaremos pensar antes no que havemos de dizer. Deus no-lo ensinará, no dia de nossa necessidade. Ora, que Deus nos ajude a nos achegarmos aos pés de Jesus e dEle aprendermos, antes de procurarmos ser professores de outros. A Bíblia, nosso credo ME1 416 2 Quando a Palavra de Deus for estudada, compreendida e obedecida, uma luz brilhante se refletirá sobre o mundo; novas verdades, recebidas e postas em prática, ligar-nos-ão, em fortes laços, a Jesus. A Bíblia, e a Bíblia tão-só, deve ser nosso credo, o único laço de união; todos os que se submeterem a essa Santa Palavra estarão em harmonia entre si. Nossos próprios pontos de vista e idéias não devem controlar nossos esforços. O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível. Em vez de lutar uns com os outros, exaltem os homens ao Senhor. Defrontemos toda oposição, como o fez o Mestre, dizendo: "Está escrito." Ergamos o estandarte no qual está escrito: A Bíblia, nossa regra de fé e disciplina. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1885. ------------------------Mensagens Escolhidas 2 ME2 9 1 Uma palavra ao leitor ME2 13 1 Capítulo 1 -- Advertências contra ensinos sensacionais e religião emocional ME2 25 1 Capítulo 2 -- Repetir-se-á o primitivo fanatismo ME2 31 1 Capítulo 3 -- A doutrina da "carne santa" ME2 40 1 Capítulo 4 -- Advertências contra enganosas pretensões quanto à guia do espírito ME2 48 1 Capítulo 5 -- Milagres não são uma prova do favor divino ME2 56 1 Capítulo 6 -- Nossa salvaguarda contra as fraudes ME2 63 1 Capítulo 7 -- As credenciais divinas ME2 72 1 Capítulo 8 -- Enfrentar as pretensões de falsos profetas ME2 80 1 Capítulo 9 -- Sinais distintivos do ensino errôneo ME2 85 1 Capítulo 10 -- As visões de Ana Phillips ME2 96 1 Capítulo 11 -- Estar alerta ME2 101 1 Capítulo 12 -- Os três anjos e o outro anjo ME2 121 1 Capítulo 13 -- Devem cristãos ser membros de sociedades secretas? ME2 141 1 Capítulo 14 -- Evitando conflitos trabalhistas ME2 147 1 Capítulo 15 -- Ouvir-se-ão admoestações ME2 154 1 Capítulo 16 -- A obra vitalícia de Cristo e a nossa ME2 158 1 Capítulo 17 -- União e devoção ME2 162 0 Capítulo 18 -- Apelo a D. M. Canright ME2 173 1 Capítulo 19 -- Uma lição objetiva ME2 179 1 Capítulo 20 -- Princípios gerais que regem a remuneração do obreiro ME2 190 1 Capítulo 21 -- Obreiros de nossas instituições ME2 208 1 Capítulo 22 -- Auxílio financeiro para habilitação de obreiros ME2 210 1 Capítulo 23 -- Conselho a um obreiro que, por motivos financeiros, planejava deixar a causa de Deus ME2 221 1 Capítulo 24 -- Palavras aos avançados em anos ME2 233 1 Capítulo 25 -- Fortaleza na aflição ME2 246 0 Capítulo 26 -- Confiança aos que encaram a morte ME2 257 1 Capítulo 27 -- Os que choram ME2 279 1 Capítulo 28 -- Declarações acerca do uso de drogas ME2 286 1 Capítulo 29 -- O uso de remédios ME2 292 1 Capítulo 30 -- Uso de remédios por Ellen G. White ME2 304 1 Capítulo 31 -- Experiências pessoais ME2 311 1 Capítulo 32 -- Posição apropriada na oração ME2 317 1 Capítulo 33 -- "Não terás outros deuses diante de mim" ME2 321 1 Capítulo 34 -- Ocupação útil, melhor do que jogos ME2 325 1 Capítulo 35 -- Guiar-se por métodos casuais ME2 329 1 Capítulo 36 -- Provendo para o dia da necessidade ME2 331 1 Capítulo 37 -- Os idosos destituídos de lar ME2 332 1 Capítulo 38 -- Acerca da questão militar ME2 336 1 Capítulo 39 -- Conselho sobre votar ME2 338 1 Capítulo 40 -- Lúpulo, fumo e porco ME2 340 1 Capítulo 41 -- Conselhos sobre certas situações conjugais ME2 343 1 Capítulo 42 -- Conselho quanto ao casamento misto de brancos e de cor ME2 345 1 Capítulo 43 -- Cura miraculosa ME2 349 1 Capítulo 44 -- O perigo da hipnose ME2 354 1 Capítulo 45 -- Convite para a vida no campo ME2 360 1 Capítulo 46 -- Guiado pela providência divina ME2 367 1 Capítulo 47 -- Preparo para a crise final ME2 376 0 Capítulo 48 -- É necessária uma obra de purificação ME2 384 1 Capítulo 49 -- Um nome e um povo distintos ME2 387 1 Capítulo 50 -- As colunas de nossa fé ME2 392 1 Capítulo 51 -- Fiel ou infiel ME2 396 1 Capítulo 52 -- A igreja triunfante ME2 398 0 Capítulo 53 -- Últimas mensagens à assembléia da associação geral ME2 410 1 Apêndice 1 -- Doenças e suas causas ME2 481 1 Apêndice 2 -- Importantes fatores na escolha de um companheiro para a vida ME2 485 1 Apêndice 3 -- A irmandade do gênero humano ------------------------Uma palavra ao leitor ME2 9 1 Este volume, com o Volume 1 de Mensagens Escolhidas, preenche uma lacuna e conserva em forma permanente certos conselhos que apareceram em artigos, folhetos e documentos mimeografados. Sendo agora parte permanente dos escritos do Espírito de Profecia disponíveis em circulação, acha-se incluído no novo Index to the Writings of Ellen G. White. É feita no Volume 1 uma declaração quanto à compilação e ao desígnio de Mensagens Escolhidas, não necessitando assim ser aqui repetida. ME2 9 2 Os conselhos contidos neste volume serão de valor particular aos Adventistas do Sétimo Dia no prepará-los para resistir aos ataques que o adversário das almas fará à igreja remanescente em forma de fanatismo, ensinos enganosos, e movimentos errôneos e subversivos. Em alguns casos os conselhos são publicados em instrução específica a indivíduos, e os pontos apresentados tratam de assuntos similares que hão de certamente surgir antes do fim. Algumas dessas matérias demonstrar-se-ão proveitosas em desviar perigos que ameaçam a igreja como um todo. Outros conselhos gerais versam sobre questões como desavisadas filiações, a remuneração de obreiros, e curas, verdadeiras e falsas. ME2 10 1 Um aspecto que será particularmente apreciado na Seção VII é "O Emprego de Agentes Medicinais". As declarações que aparecem nesta seção, tiradas das fontes de E. G. White e reunidas aqui, serão de utilidade ao leitor ao estudar ele a questão do emprego de drogas. ME2 10 2 O volume conclui com um Apêndice de seis capítulos. Este é uma transcrição dos artigos "Doenças e Suas Causas", da pena da Sr. White, originalmente publicados nos seis números de Health, or How to Live. ME2 10 3 A atenção do leitor é chamada a declarações introdutórias de cada uma das várias seções deste novo volume, e particularmente às introduções da Seção VII e do Apêndice. ME2 10 4 Foi indicado em "Uma Palavra ao Leitor" em Mensagens Escolhidas, vol. 1, que as matérias das várias seções são inteiramente sem relação, mas por amor da conveniência, são reunidas nestes volumes permanentes. ME2 10 5 É apropriado que os volumes concluíssem com a seção intitulada "Ao nos Aproximarmos do Fim". Acham-se aí uma porção de mensagens específicas que infundem confiança no triunfo final da igreja. Encontram-se entre elas duas comunicações da Sr. White dirigidas à Assembléia Geral, em 1913 -- a última sessão da Assembléia Geral realizada enquanto ela era viva. Devido a sua avançada idade, não lhe foi possível assistir a essa grande reunião. Essas comunicações exprimem confiança em seus coobreiros e no triunfo glorioso da causa a que devotou a vida. ME2 10 6 Que este volume de Mensagens Escolhidas anime a família adventista enquanto viaja pelos últimos quilômetros de sua jornada para a cidade de Deus, eis o desejo sincero dos editores e da Comissão de Depositários das Publicações de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Advertências contra ensinos sensacionais e religião emocional O perigo de idéias especulativas ME2 13 1 Há um tempo de angústia a sobrevir ao povo de Deus, mas não devemos manter isto sempre diante do povo, e levá-los a antecipar um tempo de angústia. Haverá uma sacudidura entre o povo de Deus; isto, porém, não é verdade presente a levar às igrejas. Será o resultado de recusar a verdade apresentada. ME2 13 2 Os ministros não devem supor que têm algumas maravilhosas idéias avançadas, e a menos que todos as recebam, serão sacudidos fora, e surgirá um povo para ir avante e acima, à vitória. O objetivo de Satanás cumpre-se tão certamente quando homens vão na dianteira de Cristo e fazem obra que Ele nunca lhes confiou, como quando permanecem no estado laodiceano, morno, julgando-se rico e enriquecido de bens, sem de nada necessitar. Ambas as classes são igualmente pedras de tropeço. ME2 13 3 Algumas pessoas zelosas que visam e põem toda energia em busca de originalidade, têm cometido sério erro em procurar arranjar algo de sensacional, maravilhoso, fascinante aos olhos do povo, alguma coisa que pensam que os outros não compreendem; muitas vezes, porém, eles próprios não sabem de que falam. Especulam com a Palavra de Deus, adiantando idéias que não oferecem o mínimo de proveito a eles próprios ou às igrejas. Podem, no momento, excitar a imaginação; há, no entanto, uma reação, e essas mesmas idéias tornam-se obstáculo. A fé é confundida com a fantasia, e seus pontos de vista podem inclinar a mente na direção errada. Sejam as claras e simples declarações da Palavra de Deus alimento para o espírito; esta especulação sobre idéias que não se acham claramente apresentadas aí, é coisa perigosa. -- Manuscrito 82, 1894. ME2 14 1 O perigo que ameaça nossas igrejas é que coisas novas e estranhas serão introduzidas, coisas que confundem a mente do povo, e não lhes dão forças, no próprio tempo em que eles mais delas necessitam nas coisas espirituais. É necessário claro discernimento para que coisas novas e estranhas não venham a ser colocadas ao lado da verdade como parte do peso da mensagem a ser dada neste tempo. As mesmas mensagens que temos estado a anunciar ao mundo devem ser salientadas. -- Manual for Canvassers, 1, 2. A sedução das teorias novas ME2 14 2 Todos os aspectos de fanatismo e teorias errôneas, que pretendem ser a verdade, serão introduzidos entre o povo remanescente de Deus. Estas coisas encherão mentes de sentimentos errôneos que não têm parte com a verdade para este tempo. Qualquer homem que suponha que na energia das resoluções planejadas por ele próprio, em sua força intelectual unida com ciência ou pseudoconhecimento, ele pode iniciar uma obra que haja de conquistar o mundo, encontrar-se-á a jazer entre as ruínas de suas próprias especulações, e compreenderá plenamente porque ali se encontra. ... ME2 14 3 Segundo a luz que me foi dada pelo Senhor, erguer-se-ão homens falando coisas perversas. Sim, eles já têm estado a trabalhar e falando coisas que Deus nunca revelou, pondo verdade sagrada no mesmo nível de coisas comuns. Os assuntos se têm constituído e continuarão a constituir-se de presunçosos enganos de homens, não da verdade. As invenções da mente humana criarão testes que não são testes absolutamente, para que, quando o teste verdadeiro for salientado, seja considerado em termo de igualdade com aqueles de feitura humana que não têm sido de nenhum valor. Podemos esperar que tudo será introduzido e misturado com a sã doutrina, mas mediante claro discernimento espiritual, pela unção celeste, podemos distinguir o sagrado do profano que está sendo introduzido para confundir a fé e o são juízo, e desmerecer a grande, grandiosa verdade probante para estes dias. ... ME2 15 1 Nunca, nunca houve um tempo em que a verdade sofresse mais por ser desvirtuada, amesquinhada, desmerecida mediante as perversas disputas dos homens, do que nestes últimos dias. Os homens se introduziram com sua massa heterogênea de heresias que eles apresentam como oráculos ao povo. O povo é seduzido com algumas coisas novas e estranhas, e não são sábios na experiência para discernir o caráter das idéias que os homens arquitetem como sendo alguma coisa. O chamá-las, porém, coisa de grande conseqüência, e ligá-las aos oráculos de Deus, não as torna verdade. Oh! como isto reprova a baixa norma de piedade nas igrejas! ME2 15 2 Os homens que querem apresentar alguma coisa original fazem surgir como por encanto coisas novas e estranhas, e sem consideração avançam nessas instáveis teorias que foram entretecidas como teoria preciosa, e apresentam-na como questão de vida e morte. -- Carta 136a, 1898. A necessidade de claro discernimento ME2 15 3 Ao aproximar-nos do tempo em que os principados e potestades e hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais serão levados à luta contra a verdade, quando o poder enganador de Satanás será tão grande que, se possível, enganaria até os escolhidos, cumpre-nos ter o discernimento aguçado pela iluminação divina, para que possamos conhecer o espírito que é de Deus, para não sermos ignorantes dos ardis de Satanás. O esforço humano precisa aliar-se ao poder divino, a fim de sermos capazes de realizar a obra finalizadora para este tempo. ME2 15 4 Cristo Se serve do vento como de um símbolo do Espírito de Deus. Como o vento assopra onde quer, e não podemos dizer de onde ele vem ou para onde vai, assim é com o Espírito de Deus. Não sabemos por meio de quem Se manifestará. ME2 16 1 Não falo, porém, minhas próprias palavras quando digo que o Espírito de Deus porá de lado aqueles que tiveram seu tempo de prova e oportunidade, mas que não distinguiram a voz de Deus ou não apreciaram as operações do Seu Espírito. Então milhares da hora undécima verão e reconhecerão a verdade. ME2 16 2 "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas ao que lança a semente." Amós 9:13. ME2 16 3 Essas conversões à verdade operar-se-ão com uma rapidez surpreendente para a igreja, e unicamente o nome de Deus será glorificado. -- Carta 43, 1890. Fanatismo a aparecer em nosso meio ME2 16 4 Aparecerá fanatismo em nosso próprio meio. Sobrevirão enganos, e de tal natureza, que se possível fora, desencaminhariam os próprios eleitos. Caso estivessem visíveis marcadas incoerências e declarações falsas nessas manifestações, as palavras dos lábios do grande Mestre não seriam necessárias. É por causa dos muitos e variados perigos que haviam de surgir, que é dada essa advertência. ME2 16 5 A razão por que ergo o sinal de perigo é que, mediante a iluminação do Espírito de Deus posso ver aquilo que meus irmãos não discernem. Talvez não me seja positiva necessidade indicar todos esses aspectos particulares do engano contra os quais eles se precisam guardar. É-me suficiente dizer-vos: Estai alerta; e como sentinelas fiéis guardai o rebanho de Deus de aceitar indiscriminadamente tudo quanto professa ser-lhes comunicado da parte do Senhor. Se trabalharmos para criar excitação do sentimento, teremos tudo quanto queremos, e mais do que possivelmente podemos saber como manejar. Calma e claramente "prega a palavra". Importa não considerar nossa obra criar excitação. ME2 16 6 Unicamente o Espírito de Deus pode criar um entusiasmo são. Deixai que Deus opere, e ande o instrumento humano silenciosamente diante dEle, vigiando, esperando, orando, olhando a Jesus a todo momento, conduzido e controlado pelo precioso Espírito que é luz e vida. -- Carta 68, 1894. ME2 17 1 O fim está próximo. Os filhos da luz devem trabalhar com diligente e perseverante zelo para induzir outros a se prepararem para o grande acontecimento por vir, para que eles possam resistir ao inimigo por haverem dado lugar à operação do Espírito Santo no coração. Coisas novas e estranhas hão de surgir continuamente para levar o povo de Deus a falsa excitação, reavivamentos religiosos e curiosas manifestações. Conservem-se eles avançando, com os olhos fixos unicamente na Luz e Vida do mundo. Sabei que tudo quanto é chamado luz e verdade na Palavra de Deus é vida e verdade, uma emanação da sabedoria divina, não uma imitação das artes sutis de Satanás. A luz da sabedoria de Deus será para toda alma fiel, firme, contrita, como lâmpada para seus pés. -- Carta 45, 1899. Não seja o juízo dominado pelo sentimento ME2 17 2 Com muita coisa verdadeira há de mistura erro que é aceito em sua extremada significação, e pessoas de temperamento excitável agem baseadas naquilo. Assim o fanatismo tomará o lugar dos esforços bem regulados, bem disciplinados, ordenados pelo Céu para levar avante a obra a sua conclusão. ... ME2 17 3 Há risco de que não só mentes impulsivas sejam levadas ao fanatismo, mas de que pessoas astutas se aproveitem dessa excitação para promover seus próprios desígnios egoístas. ... ME2 17 4 Tenho uma advertência a dar a nossos irmãos, para que sigam seu Líder e não corram adiante de Cristo. Não haja obra de acaso nestes tempos. Acautelai-vos de fazer vigorosas declarações que levem mentes menos equilibradas a pensar que têm maravilhosa iluminação de Deus. Aquele que leva mensagem ao povo da parte de Deus precisa exercer perfeito domínio. Deve ter sempre em mente que a senda da presunção se acha bem ao lado do trilho da fé. ... ME2 17 5 Permita-se uma vez ao impulso e à emoção assumirem o domínio sobre o juízo calmo, e talvez haja em conjunto demasiada rapidez, mesmo em palmilhar um caminho reto. O que viaja rápido demais verificará ser isso perigoso em mais de um sentido. Talvez não tarde a enveredar por um atalho que o afastará do caminho reto para vereda errada. ME2 18 1 Nem uma vez se deve permitir que o sentimento assuma o domínio do juízo. Há risco de excesso naquilo que é legal, e o que o não é conduzirá certamente a veredas falsas. Caso não haja obra cuidadosa, diligente, sensata, sólida como a rocha, no desenvolvimento de toda idéia e princípio, e em toda apresentação feita, almas serão arruinadas. -- Carta 6a, 1894. Obediência ou emoção e entusiasmo ME2 18 2 Há perigo de aqueles que se acham em nossas fileiras cometerem um erro quanto ao recebimento do Espírito Santo. Muitos julgam ser uma emoção ou um arroubo dos sentimentos um sinal da presença do Espírito Santo. Há perigo de que sentimentos justos não sejam compreendidos, e que as palavras de Cristo: "Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado" (Mateus 28:20), percam sua significação. Há risco de que expedientes originais e imaginações supersticiosas tomem o lugar das Escrituras. Dizei a nosso povo: "Não sejais ansiosos de introduzir alguma coisa não revelada na Palavra. Conservai-vos achegados a Cristo."... ME2 18 3 Lembremo-nos de que a Palavra que Cristo ordenou que pregássemos a todas as nações, tribos, línguas e povos é confirmada pelo Espírito Santo. Este é o plano divino de trabalho. Cristo é o forte poder que confirma a Palavra, levando homens e mulheres, mediante conversão à verdade, a uma fé compreensiva, tornando-os voluntários para fazer tudo quanto Ele lhes tem ordenado. O instrumento humano, o instrumento visível, deve pregar a Palavra, e o Senhor Jesus, o invisível agente, por meio de Seu Espírito Santo, deve tornar a Palavra eficaz e poderosa. -- Carta 105, 1900. Um chamado a sermões à antiga ME2 18 4 Nova ordem de coisas entrou no ministério. Há desejo de moldar-se segundo outras igrejas, e simplicidade e humildade são quase desconhecidas. Os ministros jovens procuram ser originais, e introduzir idéias e planos novos para o trabalho. Alguns iniciam reuniões de reavivamento, trazendo assim muitos conversos para a igreja. Passada, porém, a excitação, onde estão os convertidos? Não se vêem arrependimento e confissões de pecados. O pecador é instado a crer em Cristo e aceitá-Lo, sem consideração quanto a sua vida passada de pecado e rebelião. O coração não é quebrantado. Não há contrição de alma. Os supostos conversos não caíram sobre a Rocha, Cristo Jesus. ME2 19 1 O Velho e o Novo Testamentos mostram-nos o único meio por que esta obra deve ser feita. Arrependei-vos, arrependei-vos, arrependei-vos, era a mensagem que João Batista fazia soar no deserto. A mensagem de Cristo ao povo, era: "Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis." Lucas 13:5. E aos apóstolos foi ordenado pregar em toda parte que os homens se arrependessem. ME2 19 2 O Senhor deseja que Seus servos hoje preguem a velha doutrina evangélica -- tristeza pelo pecado, arrependimento e confissão. Precisamos sermões à moda antiga, costumes à antiga, pais e mães em Israel à antiga. É preciso trabalhar pelo pecador perseverantemente, zelosa e sabiamente, até que ele veja que é transgressor da lei de Deus, e exerça arrependimento para com Deus, e fé no Senhor Jesus Cristo. -- Manuscrito 82, 1894. Frio formalismo ou fanatismo ME2 19 3 Formalidade, sabedoria mundana, mundana prudência, métodos mundanos, parecerão a muitos o próprio poder de Deus, mas quando aceitos, ficam como obstáculo impedindo a luz de Deus em advertências, reprovação e conselho de atingir o mundo. ME2 19 4 Ele [Satanás] está trabalhando com todo o seu poder insinuante, enganador, para desviar os homens da mensagem do terceiro anjo, que deve ser proclamada com forte poder. Se Satanás vê que Deus está abençoando Seu povo e preparando-os para discernir-lhe os enganos, trabalha com sua magistral capacidade para introduzir fanatismo de um lado e frio formalismo de outro, para que ele possa ceifar uma colheita de almas. Agora é nosso tempo de vigiar incessantemente. Vigiai, barrai o caminho ao mínimo passo de avanço que Satanás possa fazer entre vós. ME2 20 1 Há perigo contra o qual estar acautelados à direita e à esquerda. Haverá pessoas inexperientes, recém-conversas, que necessitam ser fortalecidas, e terem diante de si um exemplo correto. Alguns não farão o uso devido da doutrina da justificação pela fé. Apresentá-la-ão de maneira unilateral. ME2 20 2 Outros lançarão mão de idéias que não foram devidamente apresentadas, e passam completamente sobre o limite, passando de todo por alto as obras. ME2 20 3 Ora, a fé genuína sempre opera por amor. Quando olhais ao Calvário não é para aquietar vossa alma na falta de cumprimento do dever, nem para vos acalmar para dormir, mas para criar fé em Jesus, fé que opere, purificando a alma do lodo do egoísmo. Quando lançamos mão de Cristo pela fé, nossa obra apenas começou. Todo homem tem hábitos corruptos e pecaminosos que precisam ser vencidos por combate vigoroso. Requer-se de toda alma que combata o combate da fé. Se alguém é seguidor de Cristo, não pode ser astuto no negócio, não pode ser duro de coração, falto de compaixão. Não pode ser vulgar na linguagem. Não pode ser cheio de arrogância e presunção. Não pode ser despótico, nem usar palavras ásperas, e censurar e condenar. ME2 20 4 O trabalho de amor brota da operação da fé. A religião bíblica significa constante trabalho. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. Operai vossa salvação com temor e tremor, pois é Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar segundo a Sua boa vontade. Devemos ser zelosos de boas obras, cuidadosos de manter boas obras. E a Testemunha fiel diz: "Eu sei as tuas obras." Apocalipse 2:2. ME2 20 5 Se bem que seja verdade que nossas atarefadas atividades não nos asseguram, em si mesmas, a salvação, também é verdade que a fé que nos liga a Cristo estimulará a alma à atividade. Os que não têm tempo para dar atenção a sua própria alma, a se examinarem diariamente, se estão no amor de Deus, e colocarem-se no conduto da luz, terão tempo para dar às sugestões de Satanás e à execução de seus planos. ME2 21 1 Satanás insinuar-se-á mediante pequenas cunhas, que se ampliam à medida que abrem caminho. As especiosas maquinações dele serão introduzidas na obra especial de Deus nestes dias. -- Manuscrito 16, 1890. Falsas idéias das bênçãos de Deus ME2 21 2 Muitos andam interrogativos e perturbados. Isto é porque não têm fé em Deus. Para alguns, os serviços religiosos não significam mais que um tempo agradável. Quando seus sentimentos são despertados, pensam que estão grandemente abençoados. Alguns não acham que são abençoados a menos que sejam agitados e excitados. A intoxicação do excitamento é o objetivo que buscam; e, se o não obtêm, julgam tudo estar errado com eles, ou que algum outro o está. ME2 21 3 O povo não deve ser educado a pensar que a religião emocional, tocando as raias do fanatismo, é a única religião pura. Sob a influência de tal religião, espera-se que o ministro empregue toda a sua energia nervosa no pregar o evangelho. Precisa derramar com abundância a poderosa corrente d'água da vida. Precisa trazer goles estimulantes que sejam aceitáveis ao apetite humano. Alguns há que, a não ser que suas emoções enfraquecidas sejam estimuladas, pensam que podem estar descuidosos e desatentos. -- Carta 89, 1902. Tudo é quieto, calmo, despretensioso ME2 21 4 O inimigo prepara-se para enganar o mundo inteiro por meio de seu poder de operar milagres. Ele pretenderá personificar os anjos de luz, personificar Jesus Cristo. Todo aquele que ensina a verdade para este tempo deve pregar a Palavra. Os que se apegam à Palavra não abrirão as portas para Satanás fazendo imprudentes declarações com referência a profetizar ou a sonhos e visões. Em maior ou menor grau se têm introduzido aqui e ali manifestações falsas, desde 1844, depois do tempo em que aguardávamos a segunda vinda de Cristo. ... Tê-las-emos mais e mais, e como sentinelas fiéis precisamos estar em guarda. Chegam-me cartas de muitas pessoas acerca de visões que têm tido, e acham seu dever relatar. Oxalá o Senhor ajude Seus servos a serem cautelosos. ME2 22 1 Quando o Senhor tem um genuíno veículo de luz, há sempre abundância de outros falsos. Satanás entrará certamente por qualquer porta que lhe seja aberta. Dará mensagens de verdade misturando com ela idéias dele próprio, preparadas para desencaminhar almas, atrair a mente a seres humanos e ao que dizem, impelindo-a de apegar-se firme a um "Assim diz o Senhor". Nos tratos de Deus com Seu povo, tudo é quieto; com aqueles que nEle confiam, tudo é calmo, despretensioso. Haverá simples, verdadeiros, sinceros crentes na Bíblia, e haverá obradores da Palavra, bem como ouvintes. Haverá sadio, sincero e sensato esperar em Deus. -- Carta 102, 1894. O exemplo de Cristo ME2 22 2 Não tema ninguém ir a extremos enquanto é um atento estudioso da Palavra, humilhando a alma a cada passo. Cristo nele deve habitar pela fé. Ele, seu Exemplo, era sereno. Andava em humildade. Possuía verdadeira dignidade. Tinha paciência. Caso nós, individualmente, possuamos esses traços de caráter, que aceitam a justificação pela fé, não haverá extremistas. ... ME2 22 3 O exemplo de Cristo se acha diante de nós -- guardar sempre a lei e o evangelho intimamente ligados. Eles não podem ser separados. Sejam cultivados a calma e o domínio de si mesmo e perseverantemente conservados, pois esse era o caráter de Cristo. Ouvimos as veementes expressões de falsos religionistas, que manifestam ousadas pretensões, que falam alto e longamente, dizendo: "Sou santo, sou puro", quando não possuem a mínima base para sua fé. Não ouvimos ruidosos protestos de fé, nem vemos tremendas contorções e exercícios do corpo no Autor de toda verdade. ME2 22 4 Lembrai-vos de que nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Se Cristo habita em nosso coração pela fé, contemplando Sua maneira de viver procuraremos ser como Jesus, puros, pacíficos e incontaminados. Revelaremos a Cristo em nosso caráter. Não só receberemos e absorveremos luz, mas difundi-la-emos também. Teremos mais clara e distinta visão do que Jesus é para nós. A simetria, amabilidade e benevolência que se encontravam na vida de Jesus Cristo transparecerão em nossa vida. -- Manuscrito 24, 1890. Desejo de mudar a ordem presente ME2 23 1 Em vez de viver na expectação de algum período especial de excitamento, devemos sabiamente aproveitar a oportunidade presente, fazendo aquilo que deve ser feito a fim de que as almas sejam salvas. Em lugar de exaurir as faculdades de nossa mente em especulações quanto aos tempos e as estações que o Senhor estabeleceu pelo Seu próprio poder, e ocultou aos homens, devemos submeter-nos ao controle do Espírito Santo, para cumprir os deveres presentes, dar o pão da vida, não adulterado com opiniões humanas, a almas a perecer por falta da verdade. ... ME2 23 2 Encontramo-nos em constante perigo de colocar-nos acima da simplicidade do evangelho. Há intenso desejo da parte de muitos, de causar sensação ao mundo com alguma coisa original, que exalte o povo a um estado de êxtase espiritual, e mude a presente ordem de conhecimento pessoal. Há, certamente, grande necessidade de uma mudança na presente ordem de experiência; pois a santidade da verdade presente não é apreciada como devia ser, mas a mudança de que necessitamos é uma mudança de coração, e só pode ser obtida buscando individualmente a Deus em procura de Sua bênção, pleiteando com Ele por Seu poder, orando fervorosamente para que Sua graça venha sobre nós, e para que nosso caráter seja transformado. Esta é a mudança de que necessitamos hoje, e para cuja consecução devemos exercer perseverante energia e manifestar sincera resolução. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1892. Nenhuma singularidade ou excentricidade ME2 23 3 Não haja singularidades nem excentricidades de movimento da parte daqueles que falam a Palavra da verdade, pois tais coisas enfraquecerão a impressão que deve ser produzida pela Palavra. Cumpre guardarmo-nos, pois Satanás está determinado, se possível, a entremear com os serviços religiosos sua má influência. Não haja exibição teatral, pois isto não ajuda a fortalecer na Palavra de Deus. Antes distrairá a atenção para o instrumento humano. -- Carta 352, 1908. A palavra de Deus não deve ser contaminada por enganos ME2 24 1 Entre os clamores que causam perplexidade: "Eis que Cristo está aqui! Eis que Cristo está ali!" será apresentado um testemunho especial, uma especial mensagem de verdade apropriada para este tempo, a qual deve ser recebida, crida e posta em prática. É a verdade, não idéias fantasiosas, que tem eficácia. A verdade eterna da Palavra sobressairá livre de toda forma de erros sedutores e interpretações espiritualistas, livre de todos os quadros atrativos, fascinantes. À atenção do povo de Deus serão insistentemente apresentadas falsidades, mas a verdade deve permanecer revestida de seus belos e puros vestidos. A Palavra, preciosa em sua influência santa e própria para elevar, não deve ser degradada ao nível dos assuntos comuns, ordinários. Deve permanecer sempre incontaminada pelos enganos com que Satanás procura enganar, se possível, os próprios eleitos. -- The Review and Herald, 13 de Outubro de 1904. ME2 24 2 Proceda o povo de Deus de tal maneira que o mundo veja que os adventistas do sétimo dia são um povo inteligente, pensante, cuja fé se acha baseada em fundamento firme e não em confusão. O povo tem fome do pão da vida. Não lhe ofereçais uma pedra. -- Manuscrito 101, 1901. ------------------------Capítulo 2 -- Repetir-se-á o primitivo fanatismo Remover os marcos ME2 25 1 Nosso povo precisa entender as razões de nossa fé e experiências passadas. Quão triste é que tantos deles pareçam pôr ilimitada confiança em homens que apresentam teorias tendentes a desarraigar-nos as teorias do passado e a remover os velhos marcos! Aqueles que podem ser tão facilmente levados por um falso espírito mostram que estiveram seguindo errado líder por algum tempo -- tanto, que não discernem estar-se apartando da fé, ou que não estão construindo sobre o verdadeiro fundamento. Necessitamos rogar a todos que ponham os óculos espirituais, que tenham os olhos ungidos para que possam ver claramente e discernir as colunas verdadeiras da fé. Então hão de conhecer que "o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus". 2 Timóteo 2:19. Precisamos reviver os velhos sinais da fé uma vez entregue aos santos. ME2 25 2 Toda concebível doutrina fantasiosa e enganosa será apresentada por homens que pensam possuir a verdade. Alguns estão agora ensinando que nascerão crianças na nova Terra. É isto verdade presente? Quem inspirou esses homens a apresentarem tais teorias? Deu o Senhor a alguém esses pontos de vista? -- Não; as coisas reveladas são para nós e nossos filhos, mas quanto às não reveladas, e que não têm que ver com nossa salvação, o silêncio é eloquência. Essas idéias estranhas nem deviam ser mencionadas, quanto mais ensinadas como verdades essenciais. ME2 26 1 Chegamos a um tempo em que as coisas devem ser chamadas pelo verdadeiro nome. Como fizemos nos primeiros tempos, precisamos levantar-nos e, sob o Espírito de Deus, repreender a obra do engano. Alguns dos sentimentos agora expressos são o alfa de algumas das idéias mais fanáticas que podiam ser apresentadas. Ensinos semelhantes a esses que tivemos de enfrentar pouco depois de 1844, estão sendo ensinados por alguns que ocupam posições importantes na obra de Deus. ME2 26 2 Em Nova Hampshire, em Vermont, e em outros lugares, tivemos de resistir à obra furtiva, enganadora do fanatismo. Pecados presunçosos eram cometidos, e alguns condescendiam francamente com concupiscências profanas, sob a capa de santificação. A doutrina do amor livre e espiritual era advogada. Vimos o cumprimento da escritura "que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios". 1 Timóteo 4:1. -- The Southern Watchman, 5 de Abril de 1904. Não se requerem demonstrações corporais ME2 26 3 A genuína religião não requer grandes demonstrações corporais. ... Estas não são indício da presença do Espírito de Deus. Em 1843 e 1844 fomos chamados a enfrentar exatamente essa espécie de fanatismo. Homens diziam: Tenho o Espírito Santo de Deus, e entravam na reunião e rolavam como um arco; e como alguns não recebessem isto como sinal da operação do Espírito de Deus, eram considerados pessoas ímpias. O Senhor enviou-me ao meio deste fanatismo. ... Alguns vinham a mim, e perguntavam: Por que não vos unis a eles? Eu disse: Tenho outro Líder que não esse, Alguém que é manso e humilde de coração, Alguém que não fez nenhumas demonstrações assim como estais fazendo aqui, nem tais jactâncias. Essas demonstrações não são de Cristo, mas do diabo. -- Manuscrito 97, 1909. Pretensão de estar selado e santo ME2 26 4 Em 1850 meu marido e eu visitamos Vermont, Canadá, Nova Hampshire e Maine. As reuniões foram realizadas em casas particulares. Era então quase impossível alcançar os incrédulos. A decepção de 1844 confundira a mente de muitos, e não aceitavam qualquer explicação do assunto. Estavam impacientes e incrédulos, e muitos pareciam rebeldes, mostrando-se decididamente contra sua passada experiência adventista. Outros não ousavam ir tão longe, e negar a maneira por que o Senhor os conduzira. Esses alegravam-se em ouvir argumentos da Palavra de Deus que harmonizassem nossa posição com a história profética. Ao escutarem uma explicação do desapontamento que fora tão amargo para eles, viram que na verdade Deus os conduzira, e regozijaram-se na verdade. Isto despertou a mais acerba oposição da parte dos que negavam nossa experiência passada. ME2 27 1 Tivemos, porém, elemento ainda pior a enfrentar em uma classe que pretendia estarem santificados, que não podiam pecar, que estavam selados e santos, e que todas as suas impressões e noções eram a mente de Deus. Almas conscienciosas foram iludidas pela pretensa piedade desses fanáticos. Satanás trabalhara astutamente para fazer com que esses enganados aceitassem o sábado, porquanto mediante sua influência, ao mesmo tempo que professavam crer parte da verdade, ele podia impingir ao povo grande número de erros. Podia também usá-los com proveito para desagradar os incrédulos, que apontavam esses incoerentes e irrazoáveis como representantes dos adventistas do sétimo dia. Essa classe reclamava do povo provas e cruzes de feitura humana, que Cristo não lhes dera a carregar. ME2 27 2 Eles pretendiam curar os doentes e operar milagres. Possuíam poder satânico, fascinante; eram, todavia, despóticos, ditatoriais e cruelmente opressivos. O Senhor usou-nos como instrumentos para repreender esses fanáticos, e abrir os olhos de Seu povo fiel para o verdadeiro caráter da obra deles. Paz e alegria vieram ao coração daqueles que romperam com esse engano de Satanás, e glorificaram a Deus ao ver Sua infalível sabedoria no pôr diante deles a luz da verdade e seus preciosos frutos em contraste com as heresias e enganos satânicos. A verdade brilhou em contraste com esses enganos qual ouro puro entre a escória da Terra. -- The Review and Herald, 20 de Novembro de 1883. Manchando a santidade da obra ME2 28 1 Estou incumbida de conservar diante de nosso povo -- ministros do evangelho, e todos quantos professam comunicar ao mundo a luz da verdade -- o perigo de manchar a santidade da obra de Deus mediante consentir mentalmente com uma interpretação vulgar da maneira por que Deus deseja que Sua obra seja feita. Tenho tido instruções especiais relativamente a serem introduzidos planos e invenções humanos na obra de dar a conhecer ao mundo a verdade para este tempo. ME2 28 2 Foi repetidamente ordenado em anos anteriores que falasse em protesto contra os esquemas fantasiosos e proibidos que têm sido apresentados por uns e por outros. Minha mensagem tem sido sempre: Pregai a Palavra com simplicidade e com toda a humildade; apresentai ao povo a verdade clara, inadulterada. Não abrais a porta a movimentos fanáticos, pois a influência deles é trazer confusão de espírito, desânimo e falta de fé ao povo de Deus. ... ME2 28 3 Sempre que tenho sido chamada a enfrentar o fanatismo em suas várias formas, tenho recebido instruções claras, positivas e definidas para levantar a voz contra sua influência. Da parte de alguns, o mal se tem revelado na forma de provas de feitura humana para verificar o conhecimento da vontade de Deus; e foi-me mostrado que isto era um engano que se tornava absorção, e que é contrário à vontade do Senhor. Se seguirmos tais métodos, seremos achados ajudando o inimigo em seus planos. Em tempos passados, alguns entre os crentes tinham grande fé em estabelecer sinais pelos quais decidir seu dever. Alguns tinham tal confiança nesses sinais que homens foram tão longe que trocaram de esposas trazendo assim adultério para dentro da igreja. ME2 28 4 Foi-me mostrado que enganos como aqueles que fomos chamados a enfrentar nas primeiras experiências da mensagem, repetir-se-iam, e que teremos de enfrentá-los nos últimos dias da obra. É requerido de nós, neste tempo, pôr todas as nossas faculdades sob o controle de Deus, exercitando-as em harmonia com a luz que Ele deu. Lede os capítulos quatro e e cinco de Mateus. Estudai Mateus 4:8-10; também o capítulo 5:13. Meditai na sagrada obra levada avante por Cristo. É assim que os princípios da Palavra de Deus devem ser introduzidos em nossos labores. -- Carta 36, 1911. Manter a propriedade de maneiras na conduta ME2 29 1 Passado o tempo de 1844, o fanatismo entrou nas fileiras dos adventistas. Deus deu mensagens de advertências para deter o mal entrante. Havia demasiado grande familiaridade entre alguns homens e mulheres. Apresentei-lhes a santa norma da verdade que deveríamos alcançar, e a pureza de conduta que nos cumpria manter, a fim de alcançar a aprovação de Deus e ser sem mancha nem ruga ou coisa semelhante. Soleníssimas acusações da parte de Deus foram feitas a homens e mulheres cujos pensamentos estavam fluindo em direção impura, ao passo que pretendiam ser especialmente favorecidos por Deus; mas a mensagem dada por Deus foi desprezada e rejeitada. ... ME2 29 2 Não nos achamos mesmo agora fora de perigo. Toda alma que se empenha em dar ao mundo a mensagem de advertência será rudemente tentada a seguir um modo de viver que seja negação da fé. ME2 29 3 Como obreiros, precisamos estar unidos em franzir os sobrolhos e condenar qualquer coisa que apresente a mínima aproximação do mal, em nossa associação uns com os outros. Santa é nossa fé; nossa obra é reivindicar a honra da lei de Deus, e não de caráter que rebaixe alguém a nível inferior em pensamentos e conduta. Muitos há que professam crer e ensinar a verdade, e têm erros e idéias fantasiosas deles próprios de mistura com a verdade. Há, porém, exaltada plataforma para ocuparmos. Importa crermos e ensinarmos a verdade tal como é em Jesus. A santidade de coração jamais conduzirá a ações impuras. Quando alguém que pretende estar ensinando a verdade se inclina a estar muito em companhia de mulheres jovens ou mesmo casadas, quando põe familiarmente a mão em sua pessoa, ou é achado a conversar com elas de maneira familiar, temei-o; os puros princípios da verdade não estão entretecidos em sua alma. Tais pessoas não são coobreiros de Jesus; não estão em Cristo, e Cristo não habita neles. Eles necessitam inteira conversão antes de Deus lhes poder aceitar os serviços. A verdade de origem celeste nunca rebaixa aquele que a recebe, não o leva nunca à mínima aproximação de indevida familiaridade; ao contrário, santifica o crente, apura-lhe o gosto, eleva-o e enobrece, e coloca-o em íntima ligação com Jesus. Fá-lo considerar a recomendação do apóstolo Paulo de abster-se de toda aparência do mal, para que seu bem não seja blasfemado. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885. ------------------------Capítulo 3 -- A doutrina da "carne santa" ME2 31 1 [Um ensino fanático denominado por seus defensores "A Doutrina da Carne Santa" foi iniciado em 1900 em Indiana, arrastando o presidente da associação e vários obreiros. Pretendendo que quando Cristo passou pela angústia do Getsêmani obteve carne santa como Adão possuía antes da queda, essa teoria alegava que aqueles que seguem o Salvador precisam também adquirir o mesmo estado de inocência física como preparo essencial para trasladação. Relatam testemunhas oculares que, em seus serviços religiosos os fanáticos desenvolviam alto grau de excitação mediante o uso de instrumentos de música -- órgãos, flautas, violinos, tamboris, buzinas, e mesmo um grande tambor baixo. Buscavam demonstração física, e exclamavam e oravam e cantavam até que alguém na congregação caísse, prostrado e inconsciente, do assento. Um ou dois homens andando acima e abaixo da ala para esse fim, arrastava a pessoa caída para cima do púlpito. Então uma dúzia de indivíduos se reunia ao redor do corpo prostrado, alguns cantando, outros clamando, e alguns orando, todos ao mesmo tempo. Quando a pessoa tornava a si, era contado como entre os que haviam passado pela experiência do Getsêmani, haviam obtido carne santa, e tinham fé para trasladação. Daí em diante, era afirmado, ele não podia pecar e nunca havia de morrer. Os Pastores Haskell e A. J. Breed, dois de nossos destacados ministros denominacionais, foram enviados à reunião campal realizada em Muncie, Indiana, de 13 a 23 de Setembro de 1900, a fim de enfrentar esse fanatismo. Esses acontecimentos foram revelados à Sr. White enquanto ela se encontrava na Austrália em Janeiro de 1900, e ela deu testemunho de advertência e reprovação contra isto, como vemos nas duas mensagens a seguir. -- Compiladores] Uma repetição do antigo fanatismo ME2 31 2 [Declaração lida pela Sr. E. G. White perante os ministros na assembléia da Associação Geral, em 17 de Abril de 1901.] ME2 31 3 Foi-me dada instrução relativamente à última experiência dos irmãos de Indiana e o ensino que deram às igrejas. Mediante esse movimento e ensino o inimigo tem estado operando para desencaminhar almas. ME2 32 1 O ensino dado com relação ao que é denominado "carne santa" é um erro. Todos podem obter agora corações puros, mas não é correto pretender nesta vida possuir carne santa. O apóstolo Paulo declara: "Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum." Romanos 7:18. Aos que têm procurado tão afanosamente obter pela fé a chamada carne santa, quero dizer: Não a podeis obter. Nem uma alma dentre vós tem agora carne santa. Ser humano algum na Terra tem carne santa. É uma impossibilidade. ME2 32 2 Se aqueles que falam tão francamente de perfeição na carne, pudessem ver as coisas sob seu verdadeiro aspecto, recolher-se-iam com horror de suas idéias presunçosas. Mostrando o engano de suas suposições quanto à carne santa, o Senhor está buscando impedir que homens e mulheres dêem a Suas palavras uma interpretação que leve à corrupção do corpo, da alma e do espírito. Seja esse aspecto de doutrina levado um pouco mais longe, e conduzirá à pretensão de que seus defensores não podem pecar; de que uma vez que tenham carne santa, suas ações são todas santas. Que porta de tentação se abri -- ria assim! ME2 32 3 As Escrituras nos ensinam a buscar santificar corpo, alma e espírito a Deus. Nesta obra, devemos ser coobreiros de Deus. Muito se pode fazer para restaurar a imagem moral de Deus no homem, para melhorar as faculdades físicas, mentais e morais. Grandes mudanças se podem operar no organismo físico mediante obediência às leis de Deus e não introduzindo no corpo coisa alguma que contamine. E se bem que não possamos pretender perfeição da carne, podemos possuir perfeição cristã da alma. Mediante o sacrifício feito em nosso favor, os pecados podem ser perfeitamente perdoados. Nossa confiança não está no que o homem pode fazer; sim, naquilo que Deus pode fazer pelo homem por meio de Cristo. Quando nos entregamos inteiramente a Deus, e cremos plenamente, o sangue de Cristo purifica de todo pecado. A consciência pode ser libertada da condenação. Pela fé em Seu sangue, todos podem ser aperfeiçoados em Cristo Jesus. Graças a Deus por não estarmos lidando com impossibilidades. Podemos pretender santificação. Podemos fruir o favor de Deus. Não devemos estar ansiosos acerca do que Cristo e Deus pensam de nós, mas do que Deus pensa de Cristo, nosso Substituto. Vós sois aceitos no Amado. O Senhor mostra, aos contritos, crentes, que Cristo aceita a entrega da alma, para ser moldada e afeiçoada segundo a Sua imagem. ME2 33 1 Em Sua vida na Terra, Cristo poderia haver feito revelações que haveriam eclipsado e lançado ao esquecimento todas as descobertas humanas. Poderia haver aberto porta após porta às coisas misteriosas, e muitas revelações de verdades eternas haveriam sido o seguro resultado. Ele poderia haver proferido palavras que teriam sido qual chave para descerrar mistérios que haveriam cativado a mente de gerações até ao fim do tempo. Cristo, porém, não abre as numerosas portas a que a curiosidade humana tem lutado por obter entrada. Não apresenta para os homens um banquete que se demonstraria prejudicial a seus mais altos interesses. Ele veio plantar para os homens, não a árvore da ciência, mas a árvore da vida. ... ME2 33 2 Fui instruída a dizer aos de Indiana que estão defendendo doutrinas estranhas: Estais dando feição errada à preciosa e importante obra de Deus. Mantende-vos dentro dos limites da Bíblia. Tomai as lições de Cristo, e repeti-as mais e mais. Lembrai-vos de que "a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." Tiago 3:17, 18. ME2 33 3 Quando os seres humanos receberem carne santa, não permanecerão na Terra, mas serão levados ao Céu. Se bem que o pecado seja perdoado nesta vida, seus resultados não são agora inteiramente removidos. É por ocasião de Sua vinda que Cristo deve transformar "nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso". Filipenses 3:21. ... ME2 33 4 Repetidas vezes, no avanço de nossa obra, têm surgido movimentos fanáticos, e quando a questão me tem sido apresentada, tenho tido de dar uma mensagem semelhante à que estou apresentando aos irmãos de Indiana. Fui instruída pelo Senhor de que esse movimento de Indiana é do mesmo caráter que os movimentos que apareceram nos anos passados. Tem havido em vossas reuniões religiosas exercícios semelhantes aos que testemunhei nos movimentos anteriores. ME2 34 1 No período da decepção, depois da passagem do tempo em 1844, levantou-se o fanatismo em várias formas. Alguns sustentavam que a ressurreição dos mortos já tivera lugar. Foi-me mandado dar uma mensagem aos que acreditavam nisto, assim como estou hoje apresentando uma mensagem a vós. Eles declaravam que estavam perfeitos, que corpo, alma e espírito estavam santos. Tinham manifestações semelhantes às que há entre vós, e confundiam a própria mente e a dos outros com suas maravilhosas suposições. Todavia essas pessoas eram irmãos nossos amados, e anelávamos ajudá-los. Fui a suas reuniões. Havia excitação, com ruído e confusão. Não se podia distinguir uma coisa da outra. Alguns pareciam estar em visão, e caíam por terra. Outros pulavam, dançavam e gritavam. Declaravam que, como sua carne estivesse purificada achavam-se prontos para a trasladação. Isto repetiam e repetiam. Dei meu testemunho em nome do Senhor, manifestando Sua reprovação a essas manifestações. ME2 34 2 Alguns que se achavam empenhados nesses movimentos foram levados à sã razão, e viram seu engano. Alguns haviam sido pessoas excelentes, sinceras, mas julgavam que a carne santificada não podia pecar, sendo assim apanhados na armadilha de Satanás. Haviam levado tão longe suas fortes idéias, que se tornaram um vitupério à causa preciosa de Deus. Esses se arrependeram amargamente, e alguns deles se acharam posteriormente entre os homens e mulheres mais fidedignos. Outros, porém, andaram depois sempre em tristeza. Não nos foi possível, em tempo algum fazê-los sentir que eram dignos de trabalhar para o Mestre, cuja causa preciosa eles haviam tão grandemente desonrado. ME2 34 3 Em resultado de movimentos fanáticos como os que acabo de descrever, pessoas que não eram de modo algum responsáveis por eles, em alguns casos, perderam a razão. Não podiam harmonizar as cenas de excitação e tumulto com sua preciosa experiência passada; foram extraordinariamente pressionadas a receber a mensagem do erro; foi-lhes representado que a menos que o fizessem, iriam perder-se; e em resultado disso, ficaram desequilibradas, e algumas loucas. Estas coisas trazem opróbrio à causa da verdade, e entravam a proclamação da última mensagem de misericórdia ao mundo. Gritos não são sinal de santificação ME2 35 1 A maneira por que têm sido dirigidas as reuniões em Indiana, com barulho e confusão, não as recomendam a espíritos refletidos e inteligentes. Nada existe nessas demonstrações que convença o mundo de que possuímos a verdade. Mero ruído e gritos não são sinal de santificação, ou da descida do Espírito Santo. Vossas desenfreadas demonstrações só criam desagrado no espírito dos incrédulos. Quanto menos houver de tais demonstrações, tanto melhor para os atores e para o povo em geral. ME2 35 2 O fanatismo, uma vez iniciado e deixado às soltas, é tão difícil de extinguir como o incêndio que tomou conta de um prédio. Os que entraram nesse fanatismo e o mantiveram, fariam muitíssimo melhor em estar empenhados em obra secular; pois devido a sua atitude incoerente estão desonrando ao Senhor e pondo em perigo o Seu povo. Muitos movimentos dessa espécie surgirão neste tempo, quando a obra do Senhor deve manter-se elevada, pura, inadulterada de superstições e fábulas. Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás. ME2 35 3 O Senhor deseja manter em Seu serviço ordem e disciplina, não excitações e confusão. Não somos agora capazes de descrever acuradamente as cenas a serem representadas em nosso mundo no futuro; isto, porém, sabemos: que este é um tempo em que precisamos velar em oração; pois o grande dia do Senhor está às portas. Satanás está arregimentando suas forças. Necessitamos ser refletidos e guardar silêncio, e contemplar as verdades da revelação. A excitação não é favorável ao crescimento na graça, à genuína pureza e santificação do espírito. ME2 35 4 Deus quer que lidemos com sagrada verdade. Unicamente isto convencerá os contraditores. Importa desenvolver trabalho calmo, sensato, para convencer almas de sua condição, mostrar-lhes a edificação do caráter que deve ser levada avante, caso haja de erguer-se uma bela estrutura para o Senhor. Mentes que são despertadas precisam ser pacientemente instruídas caso compreendam corretamente e apreciem devidamente as verdades da Palavra. ME2 36 1 Deus chama Seu povo a andar com sobriedade e santa coerência. Eles devem ser muito cuidadosos de não representar mal e nem desonrar as santas doutrinas da verdade mediante estranhas exibições, por confusão e tumulto. Por essas coisas os incrédulos são levados a pensar que os adventistas do sétimo dia são um bando de fanáticos. Cria-se assim preconceito que impede almas de receber a mensagem para este tempo. Quando os crentes falam a verdade tal como é em Jesus, revelam uma calma santa e judiciosa, não uma tempestade de confusão. -- The General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901. Culto com uma balbúrdia de ruído ME2 36 2 Impossível é calcular demasiado grandemente a obra que o Senhor há de efetuar mediante os vasos por Ele designados na execução de Seu pensamento e propósito. As coisas que descrevestes como tendo lugar em Indiana o Senhor revelou-me que haviam de ter lugar imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. ME2 36 3 O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isto é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em Janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. ME2 37 1 Ao findar a reunião campal, o bem que devia haver sido feito e poderia havê-lo sido pela apresentação da verdade sagrada, não se realiza. Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o que sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos. ME2 37 2 Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. A mesma espécie de influência se introduziu depois da passagem do tempo em 1844. Fizeram-se as mesmas espécies de representações. Os homens ficaram excitados, e eram trabalhados por um poder que pensavam ser o poder de Deus. ... Repetir-se-á a história do passado ME2 37 3 Não entrarei em toda a penosa história; é demasiado. Mas em Janeiro último o Senhor mostrou-me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos errôneos, e que a história do passado se repetiria. Senti-me grandemente aflita. Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens, trabalhando com todo o engenho que Satanás pode empregar para tornar a verdade desagradável às pessoas sensatas; que o inimigo estava procurando arranjar as coisas de maneira que as reuniões campais, que têm sido o meio de levar a verdade da terceira mensagem angélica perante as multidões, venha a perder sua força e influência. ME2 37 4 A mensagem do terceiro anjo deve ser dada em linhas direitas. Importa que seja conservada isenta de todo traço das vulgares, infelizes invenções das teorias humanas, preparadas pelo pai da mentira, e disfarçadas, como a serpente brilhante empregada por Satanás como meio de enganar a nossos primeiros pais. Assim busca Satanás pôr seu selo sobre a obra que Deus quer que se destaque em pureza. ME2 37 5 O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons como me foram apresentadas em Janeiro último. Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para Deus. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente. ME2 38 1 Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida. Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler e considerar, e dar ouvidos. Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes dera. ME2 38 2 "Portanto convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram...? Hebreus 2:1-3. "Vede irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. Antes exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado. Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim." Hebreus 3:12-14. ME2 38 3 Irmão e irmã Haskell, devemos revestir-nos de toda a armadura, e havendo feito tudo, ficar firmes. Somos postos como defesa para o evangelho, e precisamos fazer parte do grande exército do Senhor para atividade intensa. A verdade precisa ser apresentada em linhas bem definidas pelos fiéis embaixadores do Senhor. Muito disso que é hoje chamado verdade-teste é pretensão que leva à resistência do Espírito Santo. ... Apresentação defectiva quanto ao Espírito Santo ME2 38 4 Muito se está dizendo relativamente à comunicação do Espírito Santo, e isto está sendo por alguns interpretado de tal maneira que é um dano às igrejas. Vida eterna é o recebimento dos elementos vivos das Escrituras e o fazer a vontade de Deus. Isto é comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Aos que isto fazem, são trazidos à luz vida e imortalidade pelo evangelho, pois a Palavra de Deus é realidade e verdade, espírito e vida. É privilégio de todos quanto crêem em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal alimentar-se da Palavra de Deus. A influência do Espírito Santo torna a Palavra, a Bíblia, uma verdade imortal, que ao indagador que ora, comunica nervos e músculos espirituais. ME2 39 1 "Examinais as Escrituras", declarou Cristo, "porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. Os que cavam abaixo da superfície descobrem às escondidas gemas da verdade. O Espírito Santo acha-Se presente com o sincero indagador. Sua iluminação resplandece sobre a Palavra, gravando a verdade na mente com nova importância. O pesquisador enche-se de um senso de paz e alegria nunca dantes experimentadas. A preciosidade da verdade é compreendida como nunca dantes. Uma nova luz celeste fulge sobre a Palavra, iluminando-a como se cada letra se tingisse de ouro. O próprio Deus falou à mente e ao coração, tornando a Palavra espírito e vida. ME2 39 2 Todo sincero investigador da Palavra ergue o coração a Deus, implorando o auxílio do Espírito. E descobre em breve aquilo que o leva acima de todas as fictícias declarações do pretenso mestre, cujas teorias fracas e vacilantes não são apoiadas pela Palavra do Deus vivo. Essas teorias foram inventadas por homens que não aprenderam a primeira grande lição de que o Espírito e a vida de Deus Se encontram em Sua Palavra. Caso houvessem recebido no coração o elemento eterno contido na Palavra de Deus, veriam quão débeis e inexpressivos são todos os esforços para arranjar algo novo que cause sensação. Eles necessitam aprender mesmo os elementares princípios da Palavra de Deus; teriam então a palavra de vida para o povo, que distinguirá em breve a palha do trigo, pois Jesus deixou Sua promessa com os discípulos. -- Carta 132, 1900. ------------------------Capítulo 4 -- Advertências contra enganosas pretensões quanto à guia do espírito ME2 40 1 [A 12 de Novembro de 1908, chegou a St. Helena, na Califórnia, um zeloso homem, acompanhado de sua esposa. Procuraram obter uma entrevista com a Sr. White, e relataram-lhe acontecimentos notáveis que datavam de cerca de três anos. Isto começou a sobrevir-lhes depois de vários dias de jejum e oração pelo Espírito Santo, até que, segundo disseram, "grandes gotas de suor se achavam em nossa fronte". Eles acreditavam que haviam recebido o Espírito Santo, como acontecera aos antigos apóstolos. Pretendiam haver falado em línguas, e haver trabalhado zelosamente pelos outros para que tivessem semelhante experiência. ME2 40 2 Eles haviam sido presos no Leste sob acusação de exercerem influência mesmérica numa criança. Depois de ouvir o caso, o procurador e o prefeito haviam dito que se eles não estavam nas raias da insânia, achavam-se perigosamente perto dela. Eles pretendiam que, enquanto na prisão, fora-lhes dito "por meio do Espírito" que procedessem como loucos, dando isso em resultado que Deus "pusera temor nesses homens, de modo que temiam entrar" na cela. ME2 40 3 Esse casal acreditava que a criança a quem eles haviam sido acusados de mesmerizar fora dotada com o Espírito de Profecia, e lhes indicara aonde deviam ir. Pretendiam que, mediante oração, haviam curado doentes, expulsado demônios, e feito muitas outras obras maravilhosas. Disse o marido acerca da esposa: "O Espírito opera por meio dela, e cremos que isto é o dom de profecia que deve ser derramado em toda carne." ME2 40 4 As declarações seguintes foram feitas pela Sr. White acerca desse e de outros movimentos congêneres. -- Compiladores] A obra de Deus caracteriza-se pela calma e a dignidade ME2 41 1 Há duas semanas, enquanto eu escrevia, meu filho G. C. White entrou em minha sala e disse que havia duas pessoas embaixo que desejavam falar-me. Desci à sala de estar e aí encontrei um homem com sua mulher, os quais pretendiam seguir a Palavra de Deus e crer nos Testemunhos. Eles tiveram experiência incomum no decorrer dos dois ou três anos passados. Pareciam ser pessoas sinceras. ME2 41 2 Escutei-os enquanto contavam parte de sua experiência, e contei-lhes então alguma coisa da obra que tivemos de fazer no enfrentar e opor-nos ao fanatismo pouco depois da passagem do tempo em que esperávamos ver nosso Senhor. Durante aqueles dias probantes alguns de nossos mais preciosos crentes foram levados ao fanatismo. Eu disse posteriormente que antes do fim veríamos manifestações estranhas da parte daqueles que professavam ser guiados pelo Espírito Santo. Pessoas há que tratam como alguma coisa de grande importância essas manifestações peculiares, que não são de Deus, mas são calculadas a desviar a mente de muitos dos ensinos da Palavra. ME2 41 3 Nesta quadra de nossa história, devemos ser muito cuidadosos de acautelar-nos contra tudo quanto cheire a fanatismo e desordem. Precisamos guardar-nos contra toda prática estranha que seja de molde a agitar a mente dos incrédulos, e levá-los a pensar que, como um povo, somos levados por impulso, e nos deleitamos em ruído e confusão acompanhados de excentricidade de atos. Nos últimos dias o inimigo da verdade presente introduzirá manifestações que não se acham em harmonia com a operação do Espírito, mas são calculadas a extraviar os que se acham prontos a acompanhar alguma coisa nova e estranha. ME2 41 4 Eu disse a esse irmão e sua mulher que a experiência pela qual passei em minha juventude, pouco depois da passagem do tempo em 1844, induzira-me a ser muito, muito cautelosa quanto a aceitar qualquer coisa semelhante ao que então enfrentáramos e repreendêramos em nome do Senhor. ME2 42 1 Não se poderia causar maior dano à obra de Deus neste tempo do que permitirmos um espírito de fanatismo penetrar em nossas igrejas, acompanhado de estranhas manifestações, incorretamente tidas como operação do Espírito de Deus. ME2 42 2 À medida que esse irmão e sua esposa delinearam os acontecimentos com eles ocorridos, os quais pretendiam haver-lhes sobrevindo como resultado do recebimento do Espírito Santo com poder apostólico, isto parecia uma cópia daquilo que havíamos sido chamados a enfrentar e corrigir em nossa primitiva carreira. ME2 42 3 Para o fim de nossa entrevista o irmão L, propôs que nos reuníssemos em oração, com a idéia de que, possivelmente, enquanto em oração, sua esposa fosse levada às condições que eles me haviam descrito, e que então eu seria habilitada a discernir se isso era do Senhor ou não. Nisto eu não poderia consentir, porque havia sido instruída de que, quando uma pessoa oferece exibir essas manifestações peculiares, isto é decidido sinal de que não é obra de Deus. ME2 42 4 Não devemos permitir que acontecimentos assim nos levem a ficar desalentados. Tais casos virão a nós de tempos a tempos. Não demos lugar a essas estranhas tensões mentais, que afastam na verdade a mente das profundas atuações do Espírito Santo. A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Não nos podemos permitir sancionar qualquer coisa que introduzisse confusão e enfraquecesse nosso zelo para com a grande obra que Deus nos deu a fazer no mundo para preparar-nos para a segunda vinda de Cristo. -- Carta 338, 1908. Declarações da Sr. White na entrevista ME2 42 5 Estou-vos contando esses incidentes a fim de saberdes aquilo por que temos passado. ... Alguns [fanáticos depois de 1844] dançavam para cima e para baixo, cantando: "Glória, glória, glória, glória, glória, glória." Por vezes eu ficava sentada quieta até que eles terminassem, e então me erguia e dizia: "Esta não é a maneira por que o Senhor opera. Ele não causa impressões assim. Precisamos dirigir a mente do povo à Palavra como o fundamento de nossa fé." ME2 43 1 Eu era apenas uma criança naquele tempo, e todavia tinha de dar repetidamente meu testemunho contra essa estranha operação. E sempre, desde então, tenho procurado ser muito, muito cuidadosa para que alguma coisa dessa espécie não entrasse no meio de nosso povo. Toda manifestação de fanatismo desvia a mente da evidência da verdade -- a própria Palavra. ME2 43 2 Talvez vós tomásseis uma direção coerente, mas aqueles a quem influenciásseis poderiam tomar atitude bem incoerente, e, em resultado, teríamos dentro em breve as mãos cheias de alguma coisa que tornaria quase impossível dar aos incrédulos a justa impressão de nossa mensagem e de nossa obra. Precisamos ir ao povo com a sólida Palavra de Deus; e quando eles receberem essa Palavra o Espírito Santo poderá vir, mas Ele vem sempre, como declarei antes, por uma maneira que se recomenda ao discernimento das pessoas. Em nosso falar, nosso canto, e em todos os nossos cultos espirituais, devemos revelar a calma e a dignidade e o piedoso temor que atua em todo verdadeiro filho de Deus. ME2 43 3 Há constante perigo de permitir entrar em nosso meio alguma coisa que consideremos como operação do Espírito Santo, mas que na realidade é fruto de um espírito de fanatismo. Enquanto permitirmos que o inimigo da verdade nos conduza a um caminho errôneo, não podemos esperar chegar aos sinceros de coração com a terceira mensagem angélica. Devemos ser santificados mediante a obediência à verdade. Temo qualquer coisa que tenha a tendência de desviar a mente das sólidas provas da verdade tal como se revela na Palavra de Deus. Temo isto; temo isto. Precisamos pôr nossa mente dentro dos limites da razão, não seja que o inimigo penetre de maneira a pôr tudo em desordem. Há pessoas de temperamento excitável, facilmente induzidas ao fanatismo; e permitíssemos nós que penetrasse em nossas igrejas qualquer coisa que levasse tais pessoas ao erro, veríamos pronto esses erros levados a extremos, e então, em virtude da direção desses elementos desordenados, viria um estigma a todo o corpo de adventistas do sétimo dia. O fanatismo repetir-se-á ME2 44 1 Tenho estado estudando a maneira de fazer publicar novamente esses casos antigos, de maneira que mais pessoas dentre nosso povo sejam informadas, pois de há muito tenho conhecimento de que o fanatismo se manifestará outra vez, em diferentes maneiras. Cumpre-nos fortalecer nossa posição demorando a mente na Palavra, e evitando todas as esquisitices e cultos religiosos estranhos que alguns seriam muito prontos em pegar e praticar. Caso permitíssemos que a confusão penetrasse em nossas fileiras, não poderíamos libertar disso nossa obra. ... ME2 44 2 Durante os anos do ministério de Cristo na Terra, piedosas mulheres auxiliavam na obra que o Salvador e Seus discípulos estavam levando avante. Se os que se estavam opondo a essa obra houvessem encontrado qualquer coisa fora de lugar na conduta dessas mulheres, isto haveria imediatamente posto fim à obra. Mas ao passo que mulheres estavam trabalhando com Cristo e os apóstolos, todo o trabalho era dirigido em plano tão elevado que se achava acima da sombra de qualquer suspeita. Não se podia encontrar ocasião para acusações. A mente de todos era encaminhada para as Escrituras, não aos indivíduos. A verdade era proclamada inteligentemente, e com tanta clareza que todos podiam compreender. ME2 44 3 Como temo que alguma coisa de natureza fanática seja introduzida entre nosso povo! Há muitos, muitos que precisam ser santificados, mas devem sê-lo mediante a obediência à mensagem da verdade. ... ME2 44 4 Não podemos permitir que elementos excitáveis entre nós se exibam de maneira que viesse a destruir nossa influência junto àqueles que desejamos atingir com a verdade. Custou-nos anos o sobreviver à desfavorável impressão que os incrédulos tiveram dos adventistas por haverem chegado a seu conhecimento as manifestações estranhas e ímpias de elementos fanáticos entre nós durante os primeiros tempos de nossa existência como um povo separado. -- Manuscrito 115, 1908. Conselho ao irmão e sua senhora ME2 44 5 Prezados Irmão e Irmã L: Recentemente, em visões à noite, foram-me reveladas certas questões que vos preciso comunicar. Foi-me mostrado que estais cometendo alguns lamentáveis erros. Em vosso estudo das Escrituras e dos Testemunhos, chegastes a conclusões errôneas. A obra do Senhor seria grandemente mal compreendida se continuásseis a trabalhar como começastes. Dais falsa interpretação à Palavra de Deus e aos Testemunhos publicados; e então buscais levar adiante uma obra estranha em harmonia com vossa concepção de seu sentido. Supusestes até que vos é dado poder para expulsar demônios. Por vossa influência sobre mentes humanas, homens e mulheres são levados a crer que estão possessos de demônios, e que o Senhor vos designou como instrumentos Seus para expulsar esses espíritos maus. ME2 45 1 No falar, cantar e em exibições estranhas, que não estão em harmonia com a obra genuína do Espírito Santo, sua mulher está ajudando a introduzir um aspecto de fanatismo que causaria grande dano à causa de Deus, caso lhe fosse permitido qualquer lugar em nossas igrejas. ME2 45 2 Meu irmão e minha irmã, tenho uma mensagem para vós: Estais baseados numa falsa suposição. Há muito do próprio eu entretecido em vossas exibições. Satanás entrará com fascinante poder através dessas exibições. É mais que tempo de vos deterdes. Caso Deus vos houvesse dado especial mensagem para Seu povo, andaríeis e trabalharíeis em toda humildade -- não como se estivésseis no palco de um teatro, mas na mansidão de um seguidor do humilde Jesus de Nazaré. Exerceríeis uma influência de todo diversa da que tendes estado a exercer. ... ME2 45 3 O sincero desejo de fazer bem a outros levará o obreiro cristão a afastar todo pensamento de introduzir na mensagem da verdade presente quaisquer ensinos estranhos que conduzem homens e mulheres ao fanatismo. Neste período da história do mundo precisamos exercer o maior cuidado a este respeito. ME2 45 4 Alguns dos aspectos da experiência por que estais passando põem em perigo não somente vossa própria alma, mas a de muitos outros, porque apelais às preciosas palavras de Cristo segundo registradas nas Escrituras, e aos Testemunhos, para atestar a genuinidade de vossa mensagem. Estais enganados em supor que a preciosa Palavra, que é realidade e verdade, e os Testemunhos que o Senhor deu para Seu povo, são vossa autoridade. Sois movidos por impulsos errôneos, e estais vos apoiando com declarações que desencaminham. Tentais fazer com que a verdade de Deus sustente sentimentos falsos e ações incorretas que são incoerentes e fanáticas. Isto torna dez vezes, ou melhor, vinte vezes mais difícil a obra da igreja no relacionar o povo com a verdade da mensagem do terceiro anjo. -- Carta 358a, 1908. Uma mensagem às igrejas da Califórnia ME2 46 1 A Nossos Irmãos da Califórnia: Foram-me dadas à noite passada instruções para nosso povo. Parecia-me estar numa reunião em que se faziam apresentações da obra estranha do irmão L e sua mulher. Fui instruída de que era uma obra semelhante à que fora conduzida em _____, no Estado do Maine, e em vários outros lugares depois da passagem do tempo em 1844. Foi-me mandado falar decididamente contra essa obra fanática. ME2 46 2 Foi-me mostrado que não era o Espírito do Senhor que estava inspirando o irmão e irmã L, mas o mesmo espírito de fanatismo que sempre busca entrada na igreja remanescente. Sua aplicação da Escritura a seus movimentos singulares, é má aplicação escriturística. A obra de declarar pessoas possessas do diabo, e depois orar com elas e pretender expulsar os maus espíritos, é fanatismo que trará descrédito a qualquer igreja que sancione tal obra. ME2 46 3 Foi-me mostrado que importa não encorajar tais demonstrações, mas guardar o povo com um decidido testemunho contra aquilo que traria uma mancha ao nome dos adventistas do sétimo dia, e destruiria a confiança do povo na mensagem de verdade que precisam dar ao mundo. O Senhor tem feito uma grande obra por Seu povo colocando-o em terreno vantajoso. É o dever da igreja nutrir sua influência. Preciosas são as palavras: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. As palavras da inspiração cuidadosamente estudadas e obedecidas com oração, habilitarão cabalmente para toda boa obra. ME2 47 1 Necessitamos, como denominação, olhar mais continuamente a Deus quanto a guia. Vivemos em um século mau. Os perigos dos últimos dias estão sobre nós. Porque abunde a iniqüidade, Satanás presume trazer toda sorte de teorias enganosas sobre os que têm buscado andar humildemente com Deus, e que desconfiam de si mesmos. Hão de homens confiantes em si mesmos, fanáticos, chegar a essas almas humildes assegurando-lhes que estão possessas de espíritos maus, e depois de orar com elas, afirmar que o demônio foi expulso? Essas não são manifestações do Espírito de Deus, mas de outro espírito. ME2 47 2 Convido toda igreja a acautelar-se de ser levada a pensar mal daqueles que por desconfiarem de si mesmos, temem não possuir o Espírito Santo. Pessoas há que têm seguido os próprios caminhos em vez de seguirem os de Deus. Não têm reconhecido a luz que Deus tem misericordiosamente concedido; e têm por isso perdido a faculdade de distinguir entre a luz e as trevas. Muitos há que têm ouvido muito acerca do caminho que devem seguir, mas ignoram as reivindicações de Deus a seu respeito. Sua luz não brilha em obras que revelem os princípios da verdade e santidade. É esta classe que em tempos de prova aceitará a mentira e as teorias errôneas por verdade de Deus. ME2 47 3 Grande luz tem sido dada ao povo de Deus. Desperte nosso povo, e avance para a perfeição. Estareis expostos às ilusões de agentes satânicos. Terríveis ondas de fanatismo hão de sobrevir. Deus, porém, livrará Seu povo que busque diligentemente o Senhor, e se consagre a Seu serviço. -- Pacific Union Recorder, 31 de Dezembro de 1908. ------------------------Capítulo 5 -- Milagres não são uma prova do favor divino Não busqueis manifestações miraculosas ME2 48 1 Não nutra ninguém a idéia de que providências especiais ou manifestações miraculosas devam ser a prova da genuinidade de sua obra ou das idéias que defende. Caso conservemos essas coisas diante do povo, produzirão efeito nocivo, uma emoção que não é saudável. A genuína operação do Espírito Santo em corações humanos é prometida, para dar eficiência mediante a Palavra. Cristo declarou ser a Palavra espírito e vida. "Porque a Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar." Habacuque 2:14. ME2 48 2 Satanás operará de maneira sutilíssima para introduzir invenções humanas revestidas de roupagens angélicas. Mas a luz da Palavra está a resplandecer por entre a escuridão moral; e a Bíblia nunca será suplantada por manifestações miraculosas. A verdade precisa ser estudada, precisa ser pesquisada como tesouros escondidos. Não serão dadas maravilhosas iluminações à parte da Palavra, ou para tomar o lugar dela. Apegai-vos à Palavra, recebei o enxerto da Palavra, que torna os homens sábios para salvação. Este é o sentido das palavras de Cristo quanto a comer Sua carne e beber Seu sangue. E Ele diz: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. ME2 49 1 Encontraremos falsas pretensões; erguer-se-ão falsos profetas; haverá falsos sonhos e visões falsas; pregai, porém, a Palavra, não vos desvieis da voz de Deus em Sua Palavra. Coisa alguma distraia a mente. Será representado e apresentado o admirável, o maravilhoso. Mediante enganos satânicos, maravilhosos milagres, serão instantemente recomendadas as pretensões dos instrumentos humanos. Acautelai-vos de tudo isso. ME2 49 2 Cristo deu advertências, de maneira que ninguém necessita aceitar a mentira pela verdade. O único veículo por que o Espírito opera, é o da verdade. ... Nossa fé e esperança fundamentam-se, não em sentimento, mas em Deus. -- Carta 12, 1894. Quando os operadores de milagres menosprezam a lei de Deus ME2 49 3 Precisamos não confiar nas pretensões dos homens. Eles podem, como Cristo descreve, professar que operam milagres, curando doentes. É isto maravilhoso, quando está por trás deles o grande enganador, o operador de milagres que até fogo fará descer do céu à vista dos homens? ME2 49 4 Nem podemos confiar em impressões. A voz ou espírito que diz ao homem: Não estás na obrigação de obedecer à lei de Deus; és santo e impecável, enquanto ele está pisando a lei divina, não é a voz de Jesus; pois Ele declara: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. E João testifica: "Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." 1 João 2:4. ME2 49 5 Então, como podem essas manifestações de grande poder, e essas maravilhosas impressões, ser explicadas, a não ser na base de que são ocasionadas pela influência daquele espírito operador de milagres que saiu a enganar todo o mundo, e os enlouquece com poderosos enganos para que acreditem uma mentira? Ele se agrada quando homens e mulheres pretendem possuir grande poder espiritual, e todavia menosprezam a lei de Deus, porque por meio de sua desobediência eles desencaminham outros, e ele os pode usar como instrumentos eficazes em sua obra. -- The Signs of the Times, 21 de Julho de 1887. Ninguém necessita ser enganado ME2 50 1 Cada um de nós será severamente tentado; nossa fé será em extremo provada. Precisamos ter viva ligação com Deus; importa sermos participantes da natureza divina; então, não seremos enganados pelos ardis do inimigo, e escaparemos à corrupção que está no mundo mediante a concupiscência. ME2 50 2 Necessitamos estar ancorados em Cristo, arraigados e fundados na fé. Satanás opera mediante agentes. Escolhe aqueles que não têm estado a beber das águas vivas, cuja alma está sedenta de novidades e coisas estranhas, e que estão sempre prontos a beber de qualquer fonte que se apresente. Ouvir-se-ão vozes dizendo: "Eis que o Cristo está aqui", ou "Eis que está ali"; não os devemos crer, porém. Temos inequívocos sinais da voz do Pastor Verdadeiro, e Ele está nos chamando a segui-Lo. Ele diz: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." Conduz Suas ovelhas em humilde obediência à lei de Deus, mas nunca as anima na transgressão dessa lei. ME2 50 3 "A voz dos estranhos" é a voz de alguém que nem respeita nem obedece à santa, justa e boa lei de Deus. Muitos têm grandes pretensões à santidade, e gabam-se das maravilhas que operam curando os doentes, quando não consideram essa grande norma de justiça. Mas pelo poder de quem são essas curas operadas? Acham-se os olhos de ambas as partes abertos a suas transgressões da lei? e tomam eles sua posição como filhos humildes, obedientes, prontos a obedecer a todas as reivindicações de Deus? João testifica dos professos filhos de Deus: "Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade." 1 João 2:4. ME2 50 4 Ninguém, precisa ser enganado. A lei de Deus é tão sagrada como Seu trono, e por ela será julgado todo homem que vem ao mundo. Não há outra norma pela qual provar o caráter. "Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Ora, será o caso resolvido segundo a Palavra de Deus, ou hão de as pretensões dos homens receber crédito? Cristo diz: "Pelos seus frutos os conhecereis." Se aqueles por quem são realizadas curas, acham-se dispostos, por causa dessas manifestações, a desculpar sua negligência da lei de Deus, e continuam em desobediência, ainda que possuam poder em qualquer e toda extensão, não se segue que possuam o grande poder de Deus. Ao contrário, é o poder operador de milagres do grande enganador. Ele é transgressor da lei moral, e emprega todo ardil que possa manejar para cegar os homens a seu verdadeiro caráter. Somos advertidos de que nos últimos dias ele trabalhará com sinais e prodígios de mentira. E continuará esses prodígios até ao fim da graça, para que os indique como prova de que ele é um anjo de luz e não de trevas. ME2 51 1 Irmãos, precisamos acautelar-nos com a pretendida santidade que permite transgressão da lei de Deus. Não podem ser santificados aqueles que pisam a pés essa lei, e julgam-se a si mesmos por uma norma de sua própria invenção. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1885. Abrangerá todo o mundo ME2 51 2 Aproximamo-nos justo do tempo em que Satanás operará com toda sorte de influências fascinantes, e aqueles que são encantados com elas agora, ou lhes dão a mínima aprovação agora, estarão todos prontos a ser arrastados a desempenhar uma parte com o diabo então. Anjos maus estão operando todo o tempo no coração dos homens. Satanás trabalha com todo aquele que não se encontra sob o domínio do Espírito de Deus. São os prodígios de mentira do diabo que levarão o mundo cativo, e ele fará descer fogo do céu à vista dos homens. Ele operará milagres; esse maravilhoso poder operador de milagres abrangerá todo o mundo. Está apenas começando mesmo agora. ME2 51 3 Quero dizer-vos outra coisa. As taças da ira de Deus e seu derramamento estão a vir. Por que motivo não o discernimos? É porque a luz da verdade não afeta o coração. O Espírito de Deus está sendo retirado do mundo. ME2 51 4 Ouvis falar de calamidades em terra e no mar, e elas estão aumentando continuamente. Que há? O Espírito de Deus é afastado daqueles que têm a vida de homens na mão, e Satanás está penetrando para os controlar, porquanto eles se entregam ao seu domínio. Os que professam ser filhos de Deus não se colocam sob a guarda dos anjos celestes, e como Satanás é um destruidor, opera por meio desses homens e eles cometem erros; e se embriagam, e devido à intemperança trazem muitas vezes essas terríveis calamidades sobre nós. ME2 52 1 E vede as tormentas e tempestades. Satanás está trabalhando na atmosfera; envenena-a, e aí dependemos de Deus quanto à vida -- nossa vida presente e eterna. E estando na posição em que nos encontramos, importa estarmos inteiramente alerta, totalmente devotados, de todo convertidos e consagrados a Deus. Mas parece que nos achamos como paralisados. Deus do Céu, desperta-nos! -- Manuscrito 1, 1890. Os milagres não são prova ME2 52 2 Aqueles que se empenham hoje na causa de Deus enfrentarão provações tais como suportou Paulo em seu trabalho. Pela mesma obra jactanciosa e enganadora Satanás procurará desviar conversos da fé. Serão introduzidas teorias com as quais não será sábio lidarmos. Satanás é um astuto obreiro, e introduzirá falsidades sutis para obscurecer e confundir a mente e extirpar as doutrinas da salvação. Os que não aceitam a Palavra de Deus tal qual reza, serão apanhados em sua armadilha. ME2 52 3 Necessitamos hoje falar a verdade com santa ousadia. O testemunho dado à igreja primitiva pelo mensageiro do Senhor, deve Seu povo ouvir em nossos dias: "Ainda que nós mesmos ou um anjo do Céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gálatas 1:8. ME2 52 4 O homem que torna a operação de milagres a prova de sua fé verificará que Satanás pode, por meio de uma variedade de enganos, efetuar prodígios que parecerão genuínos milagres. Ele esperou fazer disto um elemento de prova para os israelitas ao tempo de seu livramento do Egito. -- Manuscrito 43, 1907. Maravilhosos milagres iludirão ME2 53 1 Não permitais que passem os dias e preciosas oportunidades sejam perdidas de buscar o Senhor de todo o coração e mente e alma. Se não aceitamos a verdade no amor dela, podemos achar-nos no meio do número dos que verão os milagres operados por Satanás nestes últimos dias, e neles crerão. Muitas coisas estranhas parecerão admiráveis milagres, que deviam ser considerados enganos manipulados pelo pai das mentiras. -- Carta 136, 1906. Como operam satanás e seus agentes ME2 53 2 Acho-me instruída a dizer que no futuro será necessária grande vigilância. Importa que não haja nenhuma obtusidade espiritual entre o povo de Deus. Espíritos maus acham-se ativamente empenhados em buscar controlar a mente de seres humanos. Os homens estão-se atando em molhos, prontos a serem consumidos no fogo dos últimos dias. Os que rejeitam a Cristo e Sua justiça aceitarão o sofisma que está inundando o mundo. Os cristãos devem ser sóbrios e vigilantes, resistindo com firmeza ao adversário, o diabo, que anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Homens, sob a influência de espíritos maus operarão milagres. Eles farão as pessoas ficar doentes mediante lançarem sobre elas encantamentos, removendo-os depois de repente, levando outros a dizerem que a pessoa doente foi miraculosamente curada. Isto Satanás tem repetidamente feito. -- Carta 259, 1903. ME2 53 3 Não precisamos ser enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas obras de cura aparente levarão os adventistas do sétimo dia à prova. Muitos que tiveram grande luz deixarão de andar na luz, porque não se tornaram um com Cristo. -- Carta 57, 1904. Ellen G. White não operava milagres ME2 53 4 Alguns declaram sua incredulidade na obra que o Senhor me deu a fazer porque, segundo dizem, "a Sra. E. G. White não opera milagres". Mas os que andam à procura de milagres como sinal de guia divina acham-se em sério risco de engano. É declarado na Palavra que o inimigo operará por meio de seus agentes que se apartaram da fé, e estes semelhantemente hão de operar milagres, até fazendo fogo cair do céu à vista dos homens. Por meio de "prodígios de mentira" Satanás enganaria, se possível, os próprios escolhidos. ME2 54 1 Multidões me têm ouvido falar, e têm lido meus escritos, mas ninguém já me ouviu pretender operar milagres. Tenho sido às vezes chamada a orar por doentes, e a palavra do Senhor se tem verificado. [Tiago 5:14, 15 citado.] Cristo é o grande operador de milagres. Seja a Ele toda a glória. -- Carta 410, 1907. Porque os milagres são hoje menos importantes ME2 54 2 A maneira por que Cristo trabalhava era pregar a Palavra, e aliviar o sofrimento por obras miraculosas de cura. Estou, porém, instruída de que não podemos agora trabalhar dessa maneira, pois Satanás exercerá seu poder pela operação de milagres. Os servos de Deus hoje não poderiam trabalhar mediante milagres, pois espúrias obras de cura, pretendendo ser divina, serão operadas. ME2 54 3 Por esta razão o Senhor destinou um meio pelo qual Seu povo deve executar uma obra de cura física, aliada ao ensino da Palavra. Devem estabelecer-se sanatórios, e com essas instituições devem estar ligados obreiros que façam genuína obra médico-missionária. Estende-se assim protetora influência em torno dos que vão aos sanatórios em busca de cura. ME2 54 4 Essa é a providência tomada pelo Senhor, pela qual a obra médico-missionária evangélica deve ser feita por muitas almas. -- Carta 53, 1904. Os milagres no conflito final ME2 54 5 Impossível é dar qualquer idéia da experiência do povo de Deus que estiver vivo na Terra quando as tribulações passadas e a glória celestial se mesclarem. Eles andarão à luz procedente do trono de Deus. Haverá, por intermédio dos anjos, constante comunicação entre o Céu e a Terra. E Satanás, rodeado de anjos maus, e pretendendo ser Deus, operará milagres de toda espécie para enganar, se possível os próprios escolhidos. O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres, pois Satanás havia de falsificar qualquer milagre que fosse feito. O tentado e provado povo de Deus encontrará seu poder no sinal mencionado em Êxodo 31:12-18. Devem tomar posição baseados na Palavra viva -- "Está escrito". Este é o único fundamento sobre que podem estar seguros. Os que quebraram seu concerto com Deus hão de naquele dia achar-se sem esperança e sem Deus no mundo. ME2 55 1 Os adoradores de Deus distinguir-se-ão especialmente por seu respeito ao quarto mandamento -- uma vez que esse é o sinal de Seu poder criador e o testemunho de Seu direito sobre a reverência e homenagem dos homens. Os ímpios se distinguirão por seus esforços para derribar o memorial do Criador, e exaltar a instituição de Roma. Na decisão da luta, toda a cristandade achar-se-á dividida em duas grandes classes -- os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem e recebem seu sinal. Se bem que Igreja e Estado unam seu poder para compelir "todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apocalipse 13:16), a receberem o sinal da besta, todavia o povo de Deus não o receberá. O profeta de Patmos vê "os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus" (Apocalipse 15:2) e cantavam o cântico de Moisés e do Cordeiro. ME2 55 2 Terríveis testes e provas aguardam o povo de Deus. O espírito de guerra está agitando as nações de um a outro extremo da Terra. Mas em meio do tempo de angústia que está para vir -- um tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação -- o escolhido povo de Deus permanecerá firme. Satanás e seus anjos não os podem destruir, pois anjos excelentes em poder os protegerão. -- Carta 119, 1904. ------------------------Capítulo 6 -- Nossa salvaguarda contra as fraudes Só a sinceridade não salvará ME2 56 1 A fé em uma mentira não terá influência santificadora sobre a vida ou o caráter. Nenhum erro é verdade, nem pode tornar-se verdade pela repetição, ou por fé nele. A sinceridade nunca salvará a alma das conseqüências de crer num erro. Sem sinceridade não há genuína religião, mas a sinceridade numa religião falsa jamais salvará o homem. Posso ser perfeitamente sincera em seguir um caminho errado, mas isto não torna o caminho certo, nem me levará ao lugar a que eu desejava chegar. O Senhor não quer que tenhamos cega credulidade, e chamemos isto fé que santifica. A verdade é o princípio santificador, e portanto cabe-nos conhecer o que é a verdade. Precisamos comparar as coisas espirituais com as espirituais. Precisamos provar tudo, mas reter somente aquilo que é bom, aquilo que apresenta as credenciais divinas, que põe diante de nós os verdadeiros motivos e princípios que nos prontificam à ação. -- Carta 12, 1890. Uma transformação exterior de caráter ME2 56 2 Enquanto os indivíduos estiverem satisfeitos com uma teoria de verdade, e faltar-lhes ainda a diária operação do Espírito de Deus no coração, a qual se manifesta em transformação exterior do caráter, estão se separando da qualificação que os habilitaria para maior eficiência na obra do Mestre. Os que se acham vazios do Espírito Santo não podem ser atalaias fiéis sobre os muros de Sião; pois estão cegos quanto à obra que deve ser feita, e não dão à trombeta um sonido certo. ME2 57 1 O batismo do Espírito Santo como no dia de Pentecoste levará a um reavivamento da verdadeira religião e à operação de muitas obras maravilhosas. Seres celestes entrarão em nosso meio, e homens falarão segundo forem movidos a fazê-lo pelo Espírito de Deus. Operasse, porém, o Senhor sobre homens como fez no dia de Pentecoste e posteriormente, muitos que hoje professam crer na verdade conheceriam tão pouco da operação do Espírito Santo que haviam de clamar: "Acautelai-vos do fanatismo." Diriam dos que estivessem cheios do Espírito: "Estão cheios de mosto." ME2 57 2 Não está longe o tempo em que os homens queiram muito mais estreita relação com Cristo, mais achegada união com Seu Santo Espírito, do que jamais tiveram ou terão, a não ser que abandonem sua própria vontade e seu caminho, e se submetam à vontade e ao caminho de Deus. O grande pecado dos que professam ser cristãos é não abrirem o coração para receber o Espírito Santo. Quando almas anseiam por Cristo, e buscam tornar-se um com Ele, então os que estão satisfeitos com a forma de piedade, exclamam: "Tome cuidado, não vá a extremos." Quando os anjos do Céu vierem ao nosso meio, e operarem mediante instrumentos humanos, haverá conversões sólidas, substanciais, segundo a ordem das conversões depois do dia de Pentecoste. ME2 57 3 Ora, irmãos, sede cautelosos e não entreis em excitação humana nem procureis suscitá-la. Mas ao passo que devemos ser cuidadosos de não entrar em excitação humana, não devemos encontrar-nos entre os que levantam indagações e nutrem dúvidas relativamente à obra do Espírito de Deus; pois haverá pessoas que porão em dúvida e criticarão quando o Espírito de Deus tomar posse de homens e mulheres, porque seu próprio coração não é movido, mas se acha frio e insusceptível à impressão. -- Carta 27, 1894. Necessidade de compreender a doutrina ME2 58 1 A rebelião e a apostasia acham-se no próprio ar que respiramos. Seremos afetados por elas a menos que, pela fé, apeguemos nossa alma desamparada a Cristo. Se os homens são tão facilmente desencaminhados, como subsistirão quando Satanás personificar a Cristo, e operar milagres? Quem ficará inabalável ante suas falsas apresentações, pretendendo ser Cristo quando é simplesmente Satanás personificando a Cristo, e operando aparentemente as obras de Cristo? Que impedirá o povo de Deus de dar sua aliança aos falsos cristos? "Não vades... após eles." Lucas 21:8. ME2 58 2 As doutrinas precisam ser claramente compreendidas. Os homens aceitos para ensinar a verdade precisam estar ancorados; então sua nau resistirá à tempestade, porque a âncora os segura firmemente. Aumentarão os enganos. -- Carta 1, 1897. ME2 58 3 Satanás acha-se agora mais ansiosamente empenhado em jogar a partida da vida por almas que em qualquer tempo anterior; e a não ser que estejamos constantemente em guarda, ele estabelecerá em nosso coração orgulho, amor-próprio, amor do mundo, e muitos outros traços maus. Empregará também todo ardil possível para inquietar nossa fé em Deus e nas verdades de Sua Palavra. Caso não tenhamos experiência profunda nas coisas de Deus, se não tivermos inteiro conhecimento de Sua Palavra, seremos iludidos, para nossa ruína, pelos erros e sofismas do inimigo. Falsas doutrinas minarão o fundamento de muitos, porque eles não aprenderam a discernir a verdade do erro. Nossa única salvaguarda contra as astúcias de Satanás é estudar as Escrituras diligentemente, possuir inteligente compreensão das razões de nossa fé, e cumprir fielmente todo dever conhecido. A indulgência com um pecado conhecido causará fraqueza e trevas, e sujeita-nos a ardente tentação. -- The Review and Herald, 19 de Novembro de 1908. Olhar constantemente a Jesus ME2 58 4 Sob os aguaceiros da chuva serôdia as invenções do homem, o humano mecanismo, serão por vezes assolados, os limites da autoridade do homem serão qual cana quebrada, e o Espírito Santo falará com poder convincente por meio do vivo instrumento humano. Ninguém observará então a ver se as sentenças estão bem torneadas, se a gramática está impecável. A água viva fluirá nos próprios condutos de Deus. ME2 59 1 Sejamos, porém cuidadosos agora para não exaltar os homens, seus ditos e feitos; e ninguém considere grande ponto ter um emocionante episódio a relatar; pois isso é terreno frutífero em que se dará crédito a pessoas que o não merecem. Jovens de ambos os sexos serão enaltecidos, e considerar-se-ão maravilhosamente favorecidos, chamados a fazer alguma grande coisa. Haverá conversões muitas, segundo uma ordem particular, mas não apresentarão a assinatura divina. Penetrará imoralidade, e extravagância, e muitos naufragarão na fé. ME2 59 2 Nossa única segurança está em manter-nos firmemente agarrados a Jesus. Nunca devemos perdê-Lo de vista. Ele diz: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. Precisamos cultivar permanente senso de nossa própria ineficiência e desamparo, e apoiar-nos inteiramente em Jesus. Isto nos deve conservar individualmente calmos e firmes em palavras e conduta. Excitação no orador não é poder, mas fraqueza. Ardor e energia são essenciais no apresentar a verdade bíblica, o evangelho, que é o poder de Deus para salvação. ... ME2 59 3 Há areias movediças nas quais muitos estão em perigo de submergir-se. É sempre seguro buscar o fervor do Espírito de Deus, caso com ele não mesclemos uma força e presunção não de origem celeste. Há necessidade de precaução em nossas declarações, não seja que algumas pobres almas de temperamento ardente se excitem a um zelo não segundo a sabedoria. Agirão como se lhes pertencesse a prerrogativa de usar o Espírito Santo em vez de deixar que Ele os use, e os modele e afeiçoe segundo o modelo do divino. Há risco de correr adiante de Cristo. Devemos honrar o Espírito Santo seguindo aonde Ele nos levar. "Não te estribes no teu próprio entendimento." Provérbios 3:5. Este é um perigo dos que ensinam a outros a verdade. Seguir aonde Cristo guia é uma senda segura para nossos pés. Sua obra permanecerá. Tudo quanto Deus diz é verdade. ME2 60 1 Mas os ministros que levam a última mensagem de misericórdia aos homens caídos precisam não proferir palavras impensadas; precisam não abrir portas pelas quais Satanás encontre acesso à mente humana. Não é nossa obra experimentar, estudar para descobrir algo novo e sensacional que venha a suscitar excitação. Satanás está alerta a sua oportunidade para se aproveitar de qualquer coisa dessa espécie que possa introduzir em seus elementos para iludir. A atuação do Espírito Santo nos instrumentos humanos guardará a mente bem equilibrada. Não haverá suscitada excitação, para ser seguida de reação. ME2 60 2 Satanás usará toda expressão extravagante para dano, não somente do orador, mas dos que pegam o mesmo espírito e o infundem em outros para seu prejuízo. Devem cultivar-se calma e solenidade; as solenes verdades em que demoramos nos levarão a manifestar profunda seriedade. Como podemos proceder diversamente quando carregados da mais sagrada mensagem para levar às almas a perecer -- carregados do senso da proximidade da vinda de nosso Salvador! ME2 60 3 Se estivermos olhando continuamente a Jesus e recebendo Seu Espírito, teremos clareza de visão. Discerniremos então os perigos a cada lado, e cuidaremos de cada palavra que proferirmos, não encontre Satanás ocasião de tecer os seus enganos. Não queremos que a mente do povo seja trabalhada para a excitação. Não devemos animar a expectação de ver coisas estranhas e maravilhosas. Mas ensiná-los a seguir a Jesus passo a passo. Pregai a Jesus Cristo, em quem se centraliza nossa esperança de vida eterna. -- Carta 102, 1894. ------------------------Capítulo 7 -- As credenciais divinas ME2 63 1 Prezado Irmão M: A carta que me dirigistes foi recebida no princípio do sábado. ... Devo aconselhar-vos a freqüentar a escola, e a não deixar este país até que esteja inteiramente assentado em vossa mente quanto ao que é verdade. Espero sinceramente que estudeis neste período escolar e aprendais tudo quanto puderdes relativamente a esta mensagem de verdade que deve ir a todo o mundo. ME2 63 2 O Senhor não vos deu uma mensagem para chamar os adventistas do sétimo dia Babilônia, e chamar o povo de Deus a sair dela. Todas as razões que possais apresentar não podem, quanto a mim, ter peso nesse assunto, porque o Senhor me deu decisivo esclarecimento em oposição a tal mensagem. ME2 63 3 Não duvido de vossa sinceridade e honestidade. Tenho escrito, em diversas ocasiões, longas cartas aos que estavam acusando a igreja dos adventistas do sétimo dia de ser Babilônia, de que não estavam lidando com a verdade. Pensais que pessoas me têm incutido preconceitos no espírito. Se me encontro neste estado, não sou apta a que se me confie a obra de Deus. Mas esse assunto me foi apresentado à mente em outros casos em que indivíduos pretenderam ter mensagens de caráter idêntico para a igreja adventista do sétimo dia, e foi-me dada a palavra: "Não os creiais." "Eu não os enviei, e todavia eles correram." Alguns casos relembrados ME2 64 1 O Pastor K, moribundo, teve o quarto cheio de pessoas interessadas, enquanto se achava no hospital de Battle Creek. Muitos foram enganados. O homem parecia inspirado. Mas a luz que me foi comunicada, foi: "Esta obra não é de Deus. Não creiais a mensagem." ME2 64 2 Alguns anos depois, um homem chamado N, de Red Bluff, na Califórnia, veio a mim para dar sua mensagem. Disse que era o alto clamor do terceiro anjo que devia iluminar a Terra com sua glória. Pensava que Deus passara por alto todos os dirigentes e lhe dera a mensagem. Tentei mostrar-lhe que estava enganado. Ele disse que os adventistas do sétimo dia eram Babilônia, e quando lhe dissemos nossas razões e lhe expusemos o assunto, em que ele estava em erro, grande poder veio sobre ele, e deu certamente um alto clamor. ... Tivemos muita dificuldade com ele; sua mente ficou desequilibrada, e ele teve de ser posto num asilo de alienados. ME2 64 3 Um, Garmire, defendeu e publicou uma mensagem quanto ao alto clamor do terceiro anjo; acusou a igreja de maneira semelhante àquela em que estais fazendo agora. Disse que os dirigentes da igreja todos haviam de cair por exaltação própria, e outra classe de homens humildes viria para a frente, a qual faria coisas maravilhosas. O homem tinha filhas que pretendiam ter visões. ME2 64 4 Esse engano foi-me revelado. Esse é um homem inteligente, falando de maneira aceitável, e abnegado e cheio de zelo e ardor, e tendo a aparência de consagração e devoção. Mas a palavra de Deus veio de Deus a mim: "Não os creiais, não os enviei!" ME2 65 1 Ele professava crer nos testemunhos. Pretendia que estes eram verdadeiros, e empregava-os da mesma maneira por que os tendes usado, para dar força e aparência de verdade a suas pretensões. Eu lhes disse que essa mensagem não era de Deus; mas estava enganando os incautos. Ele não se queria convencer. Disse-lhes que as visões de sua filha [Ana] eram espúrias, e todavia ele pretendia que eram semelhantes às da irmã White, testificando das mesmas coisas. Esta filha estava enganando a família e vários outros que criam nessas falsas mensagens. Foi-me mostrado que a jovem não era virtuosa; mas corrupta. ... ME2 65 2 Se algum homem a quem olhei era inspirado, certamente era este; mas eu lhe disse claramente que sua inspiração era de Satanás, não de Deus. Sua mensagem não apresentava as credenciais divinas. ME2 65 3 A fim de poder dar essa mensagem por todo o mundo, ele fez um jovem honesto, consciencioso, crer que era seu dever roubar a lista da Review and Herald. Isto é um crime de prisão de Estado, e o rapaz fugiu de Battle Creek. Não ousou voltar aí por algum tempo. Foi marcado o tempo [por seu fanático mestre] para terminação da graça, e como falhasse toda predição, o jovem viu que fora enganado, e confessou seu pecado, e é agora honrado membro da igreja de Battle Creek. ME2 65 4 Faz apenas dois anos que outro homem, chamado O, de Connecticut, saiu com uma mensagem a que chamava nova luz quanto à mensagem do terceiro anjo. Essa inteligente família, devido a esse engano, separou-se da igreja adventista do sétimo dia. Porque eu houvesse dado decidido testemunho contra essa chamada nova luz, em _____, Connecticut, onde ele morava, opôs-se a mim e a minha obra e testemunhos. ME2 65 5 O próprio O assistiu ao Instituto Bíblico Para Ministros da Associação, realizado em Battle Creek; ele, porém, manteve-se afastado e não se harmonizou com o espírito da reunião. Partiu para casa, e começou a fermentar a igrejinha de _____ _____. Se eu não trabalhasse naquele lugar, haveriam esfacelado toda a igreja, com o seu repúdio da verdade e da posição dos adventistas do sétimo dia, e em particular da Sr. White. ME2 66 1 Por esse mesmo tempo, uma Sr. P, de Washington D.C., veio pretendendo estar inteiramente santificada e ter o poder de curar. Esse espírito levou muitos a ficarem confundidos. Havia neles o mesmo espírito acusador -- isto é, de que a igreja estava toda errada e Deus estava chamando um povo a sair, o qual operaria milagres. Grande porção de nosso povo em Battle Creek ia sendo separada. Fui movida, pelo Espírito de Deus, durante a noite, a escrever a nosso povo de Battle Creek. A mensagem aos laodiceanos ME2 66 2 Deus está guiando a saída de um povo. Ele tem um povo, uma igreja na Terra, os quais Ele tornou os depositários de Sua lei. Confiou-lhes sagrado depósito e verdade eterna para ser dada ao mundo. Ele os reprovaria e corrigiria. A mensagem aos laodiceanos aplica-se aos adventistas do sétimo dia que têm tido grande esclarecimento e não têm andado na luz. São aqueles que têm feito grande profissão, mas não andado a par com seu Líder, que serão vomitados de Sua boca, a menos que se arrependam. A mensagem que declara a igreja adventista do sétimo dia Babilônia, e chama o povo de Deus a sair dela, não vem de nenhum mensageiro celeste, ou nenhum instrumento humano inspirado pelo Espírito de Deus. ME2 66 3 Diz a Testemunha Verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:18-21. "Eu repreendo e castigo" ME2 67 1 Jesus vem para dar aos membros da igreja, individualmente, as mais ricas bênçãos, uma vez que eles Lhe abram a porta. Ele não os chama nem uma vez Babilônia, nem pede que saiam. Mas diz: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo" (com mensagens de reprovação e advertência). Apocalipse 3:19. Essas reprovações, eu não ignoro. Tenho dado advertências porque o Espírito do Senhor me tem constrangido a fazê-lo, e tenho proferido reprovações porque o Senhor me tem dado palavras de reprovação. Não tenho recuado de declarar todo o conselho de Deus, que me tem sido dado para a igreja. ME2 67 2 Direi no temor e amor de Deus: Sei que o Senhor tem pensamentos de amor e misericórdia para restaurá-los e curá-los de todas as suas prevaricações. Ele tem uma obra para sua igreja fazer. Eles não devem ser declarados Babilônia, mas serem o sal da Terra, a luz do mundo. Devem ser os mensageiros vivos para proclamar uma mensagem viva nestes últimos dias. A Babilônia de apocalipse 18 ME2 67 3 "E depois destas coisas vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até aos Céus, e Deus Se lembrou da iniquidade dela. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe o dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro. Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto. Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga." Apocalipse 18:1-8. ME2 68 1 Todo o capítulo mostra que a Babilônia que caiu são as igrejas que não vão receber as mensagens de advertência que o Senhor deu na primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Elas recusaram a verdade e aceitaram uma mentira. Recusaram as mensagens da verdade. Vede 2 Tessalonicenses 2:1-12. A mensagem do capítulo dezoito de Apocalipse é positiva e claramente definida. "Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias." Verso 3. Quem quer que leia esse capítulo não necessita enganar-se. ME2 68 2 Como Satanás exultaria de ver propagar-se uma mensagem de que o único povo que Deus tornou depositário de Sua lei é aquele a quem essa mensagem se aplica! O vinho de Babilônia é a exaltação do falso e espúrio dia de repouso acima do sábado que o Senhor Jeová abençoou e santificou para uso do homem, [e] também a imortalidade da alma. Essas heresias afins, e a rejeição da verdade, convertem a igreja em Babilônia. Reis, comerciantes, autoridades e mestres religiosos, acham-se todos em corrupta harmonia. A igreja não deve ser esfacelada ME2 68 3 Digo novamente: O Senhor não falou por nenhum mensageiro que chame a igreja que observa os mandamentos de Deus, Babilônia. É verdade que há joio com o trigo, mas Cristo disse que enviaria Seus anjos para juntar primeiro o joio e atá-lo em molhos para ser queimado, mas recolher o trigo no celeiro. Sei que o Senhor ama Sua igreja. Ela não deve ser desorganizada ou esfacelada em átomos independentes. Não há nisto a mínima coerência; não existe a mínima evidência de que tal coisa venha a se dar. Aqueles que derem ouvidos a essa falsa mensagem e procurarem fermentar outros, serão enganados e preparados para receber mais avançados enganos, e virão a nada. ME2 69 1 Há em alguns dos membros da igreja orgulho, presunção, obstinada incredulidade, e recusa a ceder em suas idéias, embora se amontoe prova sobre prova, que faz aplicável a mensagem à igreja de Laodicéia. Mas isto não extinguirá a igreja. Deixai que tanto o joio como o trigo cresçam juntos até à ceifa. Então os anjos é que farão a obra de separação. ME2 69 2 Advirto a igreja adventista do sétimo dia a ser cuidadosa quanto à maneira por que recebeis toda idéia nova e aqueles que pretendem ter grande iluminação. O caráter de sua obra parece ser acusar e despedaçar. ME2 69 3 Meu irmão, eu vos diria: Sede cuidadoso. Não deis um passo adiante no caminho em que entrastes. Andai na luz "enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem". João 12:35. ME2 69 4 Queixais-vos de ser tratado friamente em Battle Creek. Acaso vos dirigistes em humildade aos que são espirituais, dizendo: "Quereis examinar comigo as Escrituras? Vamos orar acerca dessa questão? Não tenho esclarecimento, quero tê-lo; pois o erro nunca santifica a alma?" Podeis surpreender-vos de que eles não vos dessem toda a confiança que poderíeis pensar que devessem dar, depois da experiência por que passaram? Não teriam nenhum peso as palavras de Cristo? "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Mateus 7:15. "Eis que o Cristo está aqui, ou ali" multiplicar-se-á. Dêem os crentes ouvidos à voz do anjo que disse à igreja: "Uni-vos." Na união está a vossa força. Amai como irmãos, sede compassivos, corteses. Deus tem uma igreja, e Cristo declarou: "As portas do inferno não prevalecerão contra ela." Mateus 16:18. Os mensageiros que o Senhor envia apresentam as credenciais divinas. Tenho sentimentos benignos para convosco, mas vinde para a luz, eu vos rogo. -- Carta 16, 1893. O fruto de um trabalho à surdina ME2 70 1 É essencial que todos saibam que atmosfera lhes circunda a alma, se estão em sociedade com o inimigo de toda justiça, e fazendo inconscientemente sua obra, ou se estão ligados a Cristo, fazendo Sua obra, e procurando estabelecer firmemente almas na verdade. ME2 70 2 Satanás se agradaria de que cada um e todos se tornassem seus aliados para enfraquecer a confiança de irmão em irmão, e semear discórdia entre os que professam crer na verdade. Satanás pode realizar seus desígnios com mais êxito mediante os professos amigos de Cristo que não estão andando e trabalhando segundo Cristo. Aqueles que no espírito e no coração se estão desviando da obra especial do Senhor para este tempo, os que não cooperam com Ele em estabelecer almas na fé mediante o levá-las a ouvir Suas palavras de advertência, estão fazendo o trabalho do inimigo de Cristo. ME2 70 3 Coisa seríssima é ir de casa em casa e, sob pretexto de fazer obra missionária, lançar a semente da desconfiança e da suspeita. Cada uma rápido germina, e cria-se uma desconfiança dos servos de Deus, que tem Sua mensagem para levar ao povo. Quando Deus fala por meio de Seus servos, a semente [de desconfiança e suspeita] semeada tem-se desenvolvido numa raiz de amargura. A palavra cai em corações que não darão ouvidos, corações que não corresponderão. Nenhum poder terreno ou celeste pode encontrar acesso à alma. ME2 70 4 Quem é responsável por essas almas? Quem desarraigará aquela raiz venenosa de amargura que os impediu de receber a palavra do Senhor? Uma boa irmã ou um bom irmão plantou a má semente, mas como poderá essa pessoa restaurar a alma assim posta em perigo? A língua que devia haver sido usada para glória de Deus falando palavras de esperança e fé e confiança nos obreiros de Deus, desviou uma alma de Jesus Cristo. Aqueles que desprezam, eles próprios as palavras de Cristo, e se recusam a ouvir-Lhe a voz e converterem-se, têm levedado outras mentes com o fermento das ruins suspeitas e maledicências. ME2 71 1 Este é o tempo da preparação do Senhor. Não temos tempo agora para disseminar incredulidades e boatos, para fazer a obra do diabo. Acautele-se cada um quanto a desassossegar a fé dos outros semeando as sementes da inveja, do ciúme, da desunião; pois Deus ouve as palavras, e julga, não por declarações, que são sim e não, mas pelos frutos que a direção do procedimento produz. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. A semeadura determinará a espécie da colheita. -- Manuscrito 32a, 1896. Convincente evidência acompanha a mensagem inspirada por Deus ME2 71 2 Quando o Senhor dá uma mensagem a um homem, dá-lhe com ela alguma coisa pela qual Seu povo conheça que a mensagem é dEle. Deus não pede a Seu povo que acredite a todo o que vai a eles com uma mensagem. ME2 71 3 O Senhor manda advertências a Seu povo, não para destruí-los, mas para lhes corrigir os erros. ... ME2 71 4 Vivemos em tempos perigosos. Segundo o esclarecimento que tenho, sei que Satanás está procurando introduzir aquilo que fará o povo pensar que tem uma obra maravilhosa a fazer. Mas quando Deus dá a um homem uma mensagem, esse homem, por sua humildade e mansidão, dará evidência de que Deus está operando por meio dele. Deus vive e reina, e deseja que andemos diante dEle em humildade. Não deseja que esse homem N force sua presença perante a congregação. ... ME2 71 5 Não vamos ser interrompidos em reunião após reunião por aqueles que pretendem ter uma mensagem para dar. Aquele que força sua pessoa à frente em um lugar onde não é querido, não está fazendo a obra de Deus. Devemos trabalhar como soldados em um exército. Não devemos sair das fileiras, e começar uma obra por nossa própria conta. -- Manuscrito 30, 1901. ------------------------Capítulo 8 -- Enfrentar as pretensões de falsos profetas Que podemos esperar ME2 72 1 Têm-me sido mostrados muitos que pretenderão ser especialmente ensinados por Deus, e tentarão levar outros, e por erradas idéias de dever empreenderão uma obra que Deus nunca pôs sobre eles. O resultado será confusão. Busque cada um a Deus com mais fervor por si mesmo, para que possa compreender individualmente Sua vontade. -- Carta 54, 1893. ME2 72 2 Haverá pessoas que pretenderão ter visões. Quando Deus vos der claro testemunho de que a visão é dEle, podeis aceitá-la, mas não a aceiteis sob nenhum outro testemunho; pois o povo vai ser mais e mais desencaminhado em países estrangeiros e na América. -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. As visões de uma menina extraviada ME2 72 3 Sou compelida a declarar que não tenho tido a mínima confiança no Sr. [J. M.] Garmire ou em sua obra. O folheto que foi publicado no outono passado ao tempo de nossa reunião campal em Jackson, não teve a menor sanção de nosso povo. Eles foram mandados por toda parte mediante furto da lista da Review and Herald. ME2 73 1 A filha do Sr. Garmire pretende, ou ele pretende por ela, ter visões; elas, porém, não apresentam o cunho de Deus. São do mesmo caráter de muitas outras coisas semelhantes que temos encontrado em nossa experiência -- uma ilusão de Satanás. ME2 73 2 Declarei positivamente na reunião campal de Jackson a esses grupos fanáticos, que estavam fazendo a obra do adversário das almas; achavam-se em trevas. Eles pretendiam possuir grande iluminação quanto ao fim do tempo de graça em Outubro de 1884. ME2 73 3 Declarei ali em público que o Senhor fora servido de mostrar-me que não haveria nenhum tempo definido na mensagem dada por Deus desde 1844; e que eu sabia que esta mensagem que quatro ou cinco estavam empenhados em defender com grande zelo, era heresia. As visões dessa pobre menina não eram de Deus. Essa luz não vinha do Céu. O tempo era breve; mas não era ainda o fim. Uma grande obra devia ser realizada a fim de preparar um povo para ser selado com o selo do Deus vivo. -- An Exposure of Fanaticism and Wickedness, 9, 10 (1885). Mensagem a J. M. Garmire ME2 73 4 Satanás arranjou as coisas de maneira que fôsseis enlaçados. Fanatismo, engano e forte ilusão vos fizeram cativos. Expusestes vossas idéias em família, interpretando mal as Escrituras, torcendo a Palavra de Deus de sua verdadeira interpretação, e os levastes assim a crer que os pontos de vista mantidos e defendidos por nosso povo não são corretos. Vossas interpretações escriturísticas não se acham em harmonia com as posições tomadas pelos adventistas do sétimo dia. ... ME2 73 5 O molde que destes à mente de vossos filhos têm o cunho dos erros que corromperam vossa própria mente. Vós os educastes em ver manchas e defeitos nos outros, e em criticá-los. Por vossas palavras e exemplo em assim falar contra vossos irmãos e descobrir-lhes as faltas, tendes desenvolvido uma série de circunstâncias que, pela vossa própria força aliada a agências satânicas, deram em resultado as visões de vossa filha. Toda essa crítica, essa acusação de vossos irmãos, é satânica. ... As credenciais divinas ME2 74 1 O exprimirdes tanta fé nos testemunhos, e torná-los tão preeminentes, não me é de nenhum auxílio ou a minha obra, porque colocais as falsas visões de vossa filha no mesmo nível das que o Senhor me dá, rebaixando assim a santidade e o caráter exaltado da obra que Deus me deu a fazer. ME2 74 2 O Senhor mostrou-me claramente que o que considerais comunicações de Deus a vós e a outros por meio de vossa filha Ana, não é dEle. Elas não apresentam as credenciais divinas. É outro espírito que controla a menina. É o inimigo que opera nela. Tais manifestações serão mais e mais comuns nestes últimos dias. Elas não conduzem à unidade, a toda a verdade, mas dela afastam. ME2 74 3 Um decidido sinal que temos de que essas manifestações não são de Deus, é que elas concordam com vossos pontos de vista, que sabemos serem errôneos. Coisas que ela diz que vê em visão, não são mantidas pela Palavra de Deus, mas são-lhe contrárias. Satanás está constantemente operando para imbuí-la [a menina] de seu próprio espírito, para que, por meio dela, sob uma capa de justiça, possa introduzir coisas comuns, heresias e contaminação. Enquanto considerardes suas declarações como sendo de Deus, vossa fé nos testemunhos verdadeiros é sem valor; e assim espera Satanás desligar-vos, e a todos quantos tiverem qualquer confiança em vossas idéias, dos instrumentos que Deus ordenou, para serdes deixados a crer numa mentira. As Escrituras falam dos que estão enganando e sendo enganados. Este é o vosso caso. Enganais vossa filha; ela vos engana -- o cego guiando o cego. O inimigo procura efetuar seus desígnios por várias maneiras, segundo melhor se adaptem às circunstâncias e situação daqueles que ele vê que pode seduzir pela tentação. ME2 74 4 Digo-vos positivamente: as mensagens de vossa filha Ana, não são de Deus. Isto o Senhor me mostrou, e Ele não mentirá. Ela pode dizer muitas coisas boas, pode falar muita coisa verdadeira, mas isso faz o inimigo das almas. O falsificado se assemelhará em muitos sentidos com o verdadeiro. É o fruto produzido que testifica do caráter. ... História repetida ME2 75 1 Na obra a que meu marido e eu fomos chamados pela providência de Deus para desempenhar uma parte, já desde seus princípios em 1843 e 1844, temos tido o Senhor a delinear e planejar para nós, e Ele tem executado Seus planos mediante Seus agentes vivos. Falsos caminhos têm-nos sido tantas vezes indicados, e as sendas verdadeiras e seguras tão claramente definidas em todos os empreendimentos relacionados com a obra de que fomos incumbidos, que posso dizer com verdade, não sou ignorante dos ardis de Satanás, nem dos caminhos e da operação de Deus. Temos tido de exercitar intensamente toda faculdade mental, confiando na sabedoria de Deus para guiar-nos em nossas investigações, ao termos de examinar as diferentes teorias trazidas a nossa atenção, pesando-lhes os merecimentos e os defeitos à luz que resplandece da Palavra de Deus e das coisas que Ele me tem revelado mediante Sua Palavra e os testemunhos, a fim de não sermos enganados nem enganarmos outros. Entregamos-Lhe nossa vontade e caminho, e suplicamos mui fervorosamente Sua ajuda; e nunca a buscamos em vão. Muitos anos de penosa experiência em relação com a obra de Deus me fizeram familiarizada com todas as espécies de movimentos falsos. Fui muitas vezes mandada a diversos lugares, com a mensagem: "Tenho uma obra para fazeres naquele lugar; Eu estarei contigo." Ao chegar a ocasião, o Senhor deu-me uma mensagem para aqueles que estavam tendo falsos sonhos e visões, e na força de Cristo dei meu testemunho ao mando do Senhor. Eram-me lançadas as mais terríveis acusações, as quais diziam eles virem do Senhor, porque eu estava me opondo a Sua obra. Diziam que terríveis calamidades me sobreviriam, da mesma maneira que sua Ana profetizou; mas eu prosseguia perfeitamente consciente da guarda dos anjos celestes. ME2 75 2 No decorrer dos quarenta e cinco anos passados, tenho tido de enfrentar pessoas pretendendo ter da parte de Deus mensagens de reprovação para outros. Esse aspecto do fanatismo religioso tem brotado de quando em quando desde 1844. Satanás tem trabalhado por muitas maneiras para estabelecer o erro. Algumas coisas faladas nessas visões vieram a acontecer; muitas outras, porém -- com relação ao tempo da volta de Cristo, o fim da graça, e acontecimentos a terem lugar -- demonstraram-se de todo falsas, como aconteceu com suas profecias e as de Ana. Todavia eles procuravam desculpar os erros torcendo as declarações a seu respeito, e dando-lhes outra significação, e prosseguindo da mesma maneira, enganando e sendo enganados. ME2 76 1 Quando, no princípio, fui trabalhada pelo Espírito do Senhor, foi-me mostrado que eu seria posta em contato com pessoas que pretendiam ter visões, mas que o Senhor não permitiria que eu fosse enganada. Minha obra seria revelar essa falsidade, e repreendê-la em nome do Senhor. Ao aproximar-se o fim, eu havia de ver mais dessas manifestações. "Eu não os enviei" ME2 76 2 Têm-me chegado cartas de diferentes pessoas, relatando visões que diziam haverem-lhes sido dadas por Deus; mas o Senhor Jesus me diz: "Não os acrediteis; não os enviei." Alguns me escrevem, dizendo que Deus lhes revelou que a irmã White está em erro, que ela é influenciada pelos dirigentes para crer coisas que não são verdade, e rejeitar algumas coisas que o são. Mas a palavra vem-me novamente: "Não lhes dês ouvidos; não falei por eles, nem lhes dei nenhuma palavra ou mensagem. Eles forjaram palavras de mentira, segundo as sugestões de Satanás." ME2 76 3 Alguns têm vindo a mim pretendendo ser Cristo, e, aparentemente, têm operado milagres. Disseram que o Senhor me guiara em muitas coisas, mas que o sábado não era uma questão-teste; que a lei de Deus não obrigava os homens; tudo quanto tínhamos a fazer era aceitar a Cristo, e eles próprios eram Cristo. Tenho tido experiência com todas essas pretensões, e não tenho fé nelas. "À lei e ao testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20. ME2 76 4 Em um lugar, quatro pessoas de uma família pretendiam ter comunicações do Senhor, reprovando o erro, e prediziam coisas que na verdade aconteceram. Isto inspirou confiança neles. Mas as coisas que não aconteceram foram conservadas em trevas, ou tratadas como algo misterioso, que seria compreendido posteriormente. De onde recebiam esses sua inspiração? -- De instrumentos satânicos, que são muitos. O Senhor pôs sobre mim o enfrentar essas coisas, e apresentar decidido testemunho contra eles. ... ME2 77 1 Vi vários caírem em visão; mas quando repreendi o espírito que os dominava, eles saíram imediatamente da visão, e achavam-se em grande angústia de espírito. Assuntos ordinários, comuns, terrenos ME2 77 2 Incidentes como esses chegaram a ser muito comuns. Vários, numa família, achavam-se sob essa espécie de engano. ... Eram dadas mensagens para diferentes membros da igreja, dizendo a alguma pobre alma tremente: "Sois orgulhosa"; a outra: "Sois incrédula; ides vos perder." O Senhor deu-me esclarecimento nessa situação para dirigir palavras de conforto e animação. Levei meu testemunho a esses pobres iludidos, quer lhe dessem ouvidos, quer o rejeitassem. As visões deles eram obra de Satanás. As coisas reveladas eram muitas vezes coisas comuns, terrenas, como quem devia aprontar o desjejum na manhã seguinte, quem devia preparar o almoço, quem devia lavar a louça. De mistura com essas coisas frívolas, achavam-se verdades sagradas, que haviam encontrado na Bíblia e nos testemunhos. A mão de Satanás estava em tudo isso, para desgostar o povo, e levá-los a rejeitar tudo quanto tivesse caráter de visão. Assim seriam rejeitados juntamente o falso e o verdadeiro. E os mesmos que se encontravam empenhados no engano, quando se cansavam disso, inclinavam-se a duvidar de todas as visões. ME2 77 3 Depois de uma reunião muito solene com esses iludidos, foram feitas confissões de que se haviam lançado em atitudes semelhantes às da irmã White, o quanto lhes era possível. Era tudo uma farsa, um engano. Todavia muitas coisas que eles disseram vieram a acontecer como haviam predito. ME2 77 4 Perguntaram-me como podia ser isso, se as visões eram todas falsas. Respondi-lhes que era o desígnio de Satanás misturar a verdade com o erro, para que, mediante essas enganosas manifestações ele anulasse a genuína obra de Deus. Daquele tempo em diante cessaram as muitas visões deles. Que aconteceu com os que haviam tido visões, e os que os animavam? Vários deles ainda vivos, são agora céticos, não têm nenhuma crença nos dons da igreja, nem fé na verdade, nenhuma religião absolutamente. Tal, foi-me mostrado, é o resultado certo de visões espúrias. ME2 78 1 As manifestações de vossa filha são um engano semelhante. E o estimulardes nela essas coisas, demonstrar-se-á sua ruína, e a de outros, a menos que alguma coisa desfaça o engano. Chamastes a essas visões falsas e aos sonhos sem significação a maravilhosa luz de Deus, mas isso é como a palha para o trigo. É uma questão séria. Exercerá decidida influência sobre vossa família. Enquanto considerardes as palavras de vossa filha como sendo proferidas sob a influência do Espírito de Deus, é para vós o mesmo que se elas fossem verdadeiras. Encontrais-vos sob forte engano de Satanás. Professareis crer nelas, e assim vossa confiança nas autênticas, genuínas mensagens de Deus será desarraigada. E o mesmo acontecerá com todos os que crerem da maneira por que o fazeis. Eis porque Satanás está assim constantemente forçando o espúrio -- para desviar da verdade. ME2 78 2 O último engano de Satanás será exatamente anular o testemunho do Espírito de Deus. "Não havendo profecia, o povo se corrompe." Provérbios 29:18. Satanás trabalhará engenhosamente, por diferentes maneiras e por instrumentos diversos, para perturbar a confiança do povo remanescente de Deus no testemunho verdadeiro. Introduzirá visões falsas para desencaminhar, e misturará o falso com o verdadeiro, criando tamanha aversão no povo para que considerem tudo quanto traz o nome de visões como uma espécie de fanatismo; as almas sinceras, porém, comparando o falso com o verdadeiro, serão habilitadas a distinguir entre elas. ... Cuidai em como ouvis ME2 78 3 Oh! quão enganoso é o coração humano! Quão fácil é harmonizar-se com o que é mau! Nada há mais prejudicial ao interesse da alma, sua pureza, suas genuínas e santas concepções de Deus e das coisas sagradas e eternas, do que dar sempre atenção às coisas que não são de Deus, e exaltá-las. Isto envenena o coração, e degrada o entendimento. A verdade pura pode ser rastreada a sua divina Origem, por sua influência de molde a elevar, refinar e santificar o caráter do que a recebe. O Autor de toda verdade orou a Seu Pai: "Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Tua Palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:20, 21. Surgirão continuamente coisas que causem desunião, afastem da verdade. Esse questionar, criticar, acusar, julgar a outros, não é prova da graça de Cristo no coração. Não produz unidade. Tal obra tem sido desenvolvida no passado por pessoas que professavam ter maravilhoso esclarecimento, quando se achavam afundadas no pecado. Heresia, desonestidade, e mentira reuniam-se todas nelas. ME2 79 1 O tempo atual é de grande perigo para o povo de Deus. O Senhor está conduzindo um povo, não um indivíduo aqui e ali. Ele tem na Terra uma igreja que permanece na verdade; e quando vemos, não só homens, mas jovenzinhas, clamando contra a igreja, receamo-nos delas. Sabemos que Deus não as enviou, e todavia elas correram, e todos quantos não aceitarem suas idéias errôneas são acusados de combater contra o Espírito do Senhor. Todas essas coisas estão nos planos de Satanás, mas a obra de Deus irá avante ao passo que haverá agora e sempre os que trabalhem diretamente contra a oração de Cristo. A obra progredirá, deixando-os muito atrás com suas satânicas invenções. ... ME2 79 2 "Vede pois como ouvis" (Lucas 8:18), é a advertência de Cristo. Devemos ouvir por amor de aprender a verdade, para que andemos nela. E noutro lugar: "Atendei ao que ides ouvir." Marcos 4:24. Examinai acuradamente, "examinai tudo" (1 Tessalonicenses 5:21), "não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo". 1 João 4:1. Este é o conselho de Deus; dar-lhe-emos ouvidos? -- Carta 12, 1890. ------------------------Capítulo 9 -- Sinais distintivos do ensino errôneo Comunicações posteriores ao Sr. Garmire ME2 80 1 Desde que visitei vossa casa sábado à tarde, a 23 de Agosto, algumas coisas me ficaram na mente para dizer-vos. Não hesito em dizer que as visões de Ana não são de Deus. Os sonhos que os membros de vossa família têm tido são um engano de Satanás. ... ME2 80 2 Satanás viu que podia trabalhar sobre vossa fértil imaginação, e levar-vos, juntamente com outros, a cair-lhe na rede. Deu-vos Deus aquela mensagem quanto ao tempo? Não; pois nenhuma mensagem dessa espécie vem da genuína Fonte de luz. ... O tempo provou serdes falso profeta, e as visões de Ana manifestações falsas. Deus nunca opera por essa maneira. ME2 80 3 Satanás tem outros e mais fortes enganos preparados para vós. Pretendereis, se já não o fizestes, que tendes uma obra a fazer em relação com as visões de Ana, correspondendo àquela do poderoso anjo que desceu do Céu, cuja glória iluminou a Terra. Satanás vê que vossa mente é toda pronta a impressionar-se com suas sugestões, e ele se servirá de vós para vossa própria ruína, a menos que, em nome do Senhor, quebreis as algemas que vos ligam. ... ME2 80 4 Várias vezes, durante nossa conversa, na qual ficastes muito sério, repetistes a sentença: "Ó coerência, tu és uma jóia!" Repito o mesmo, com a mesma força para vós. Dizeis que as visões de Ana colocam a formação da imagem da besta depois do fim da graça. Isto não é assim. Pretendeis crer os testemunhos; deixai que eles vos acertem nesse ponto. O Senhor mostrou-me claramente que a imagem da besta formar-se-á antes que termine a graça; pois isso será a grande prova para o povo de Deus, pela qual será decidido seu destino eterno. ME2 81 1 Vossa atitude é uma tal mistura de incoerências, que só poucos ficarão iludidos. ... ME2 81 2 Tomastes a história do profeta desobediente, segundo é apresentada no Velho Testamento, e aplicastes à irmã White. Dizeis que ela é perfeitamente sincera, mas é o profeta enganado. Por essa razão os testemunhos do Espírito de Deus não podem ter efeito sobre vós. Manifestou o Senhor a vós ou a vossa filha, a vossa mulher ou a vossos filhos a desobediência da irmã White? Se ela tem andado contrariamente a Deus, mostrareis em quê? Meu dever é fazer positivas declarações de minha atitude; pois interpretais mal meu testemunho, vós o torceis de seu verdadeiro sentido, e introduzis meu nome quando julgais que ele reforçará qualquer coisa que tenhais a dizer. Mas quando os testemunhos não se harmonizam com as vossas teorias, sou escusada, porque sou a falsa profetisa! Há muitas maneiras de evadir-se à verdade. ME2 81 3 Pareceis ter especial amargura contra o Pastor [Urias] Smith, e alguns outros de nossos irmãos, e tendes falado desses sentimentos em vossa família, levedando-os assim. O Senhor achou por bem aconselhar o Pastor Smith, e dirigir-lhe palavras de reprovação porque ele errou; é, porém isso prova de que Deus o abandonou? -- Não. "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te." Apocalipse 3:19. O Senhor reprova erros em Seu povo, mas é isto uma prova de que Ele os rejeitou? -- Não. Há erros na igreja, e o Senhor os aponta mediante os instrumentos por Ele ordenados, nem sempre por meio dos testemunhos. Apoderar-nos-emos dessas reprovações e delas faremos cavalo de batalha, e diremos que Deus não lhes está comunicando Sua luz e amor? -- Não. A própria obra que Deus está procurando fazer por eles mostra que Ele os ama, e deseja desviá-los de caminhos perigosos. ME2 82 1 Deus tem falado com referência a vós. Aquilo que chamais luz do Céu Ele declarou serem trevas, e as visões nascidas desse erro, Ele chama engano. Acreditareis nesse testemunho? Dareis ouvidos ao que o Senhor falou por intermédio da irmã White, ou lançareis para trás das costas a palavra do Senhor? Citareis este testemunho tão prontamente, e dar-lhe-eis importância capital, como haveis feito de testemunhos de reprovação dados a vossos irmãos que erraram em algumas coisas? "Ó coerência, és uma jóia!" -- Carta 11, 1890. Um emprego errado e direito do conselho inspirado ME2 82 2 Meu irmão, tendes-vos enganado, e enganado a outros. Não examinastes as Escrituras devidamente. Precisais investigá-las para conhecer o pensamento de Deus, não para provar vossa teoria. Ledes a Palavra de Deus à luz de vossos próprios pontos de vista. Construís uma falsa estrutura, depois a entrincheirais com textos que pretendeis atestarem ser ela verdadeira; passais, porém, por alto aquelas passagens que provam que é falsa. Dizeis: "A Bíblia é um fundamento de minha fé." É ela, porém? Respondo: A Bíblia não vos apóia a atitude. Dizeis ainda: "Mostrai-me pela Bíblia que estou em erro, e desistirei de minhas idéias." Mas como podereis ser convencido pela Bíblia enquanto lhe torceis e aplicais mal as declarações? Assim fazendo, afastais a única fonte pela qual Deus poderia alcançar-vos e convencer-vos. ME2 82 3 A única maneira real de esquadrinhar as Escrituras é deixar de lado todo preconceito, todas as opiniões preconcebidas, à própria porta da investigação, e entrar então na obra com vistas unicamente na glória de Deus, com o entendimento aberto à convicção, e o coração abrandado para crer o que o Senhor vos diz. ME2 82 4 Muitas e várias são as opiniões dos homens quanto à interpretação da Escritura; ela, porém, não se muda para se adaptar às idéias dos homens. O bendito Livro é sim e amém; permanece firme, eterno. Os comentários dos homens nem todos se harmonizam, mas os grandes e benditos fatos permanecem os mesmos. A Palavra de Deus é imutável; "está escrito". ME2 83 1 Tendes tirado também de sua conexão porções dos testemunhos que o Senhor tem dado para benefício de Seu povo, e as aplicastes mal para sustentar vossas teorias errôneas -- tomando emprestada ou roubando a luz do Céu para ensinar aquilo com que os testemunhos não se harmonizam, e que sempre têm condenado. Colocais assim tanto a Escritura como o testemunho no mesmo encaixe de erro. Todos os que estão em erro procedem como haveis feito. ... Não tendes fé real nos testemunhos. Se a tivésseis, haveríeis recebido aqueles que indicam vossos enganos. Tendes estado a beber de fontes poluídas. ... ME2 83 2 Tendes estado preparado para aceitar as sugestões de Satanás para dar ao mundo alguma coisa nova e estranha e sensacional, alguma coisa em oposição às posições que por tão longo tempo têm sido mantidas como verdade por nosso povo. As falsas produções de vossa filha vos têm exaltado para fazer uma grande obra. Tendes vos lisonjeado e tornado instrumento do inimigo no produzir resultados que impossível vos é calcular. Tendes publicado heresias e teorias que só poderiam excitar animosidade. Lamentável é o resultado para vossa família e todos quantos simpatizam com as falsas teorias que haveis avançado. Irmão Garmire, há uma obra a fazerdes por vós mesmo, a qual ninguém mais pode efetuar em vosso favor, e que é humilhar vosso coração perante Deus, confessar vossos pecados, e converter-vos. A crítica e seus frutos ME2 83 3 O Senhor tem um povo, e está conduzindo-o. Conquanto haja certamente coisas na igreja que não estão direitas, Jesus não vos pôs ao leme, para guiá-la. A menos que mudeis de atitude, não vos podeis salvar. "Arrepende-te, e pratica as primeiras obras" (Apocalipse 2:5), é a única condição sob que Deus vos pode restituir o favor. Aqueles a quem o Senhor perdoa, Ele os faz primeiro penitentes [isto é, contritos]. A obra genuína do Espírito de Deus no coração é necessária em vosso caso, se haveis de ser recuperado do laço do inimigo. Não tenho senão uma pequena esperança em vosso caso, pois vossos princípios se acham contaminados. Sois um homem de caráter enganoso; pretendeis, todavia, grandes coisas. ME2 84 1 Satanás tem tido êxito em fazer-vos pensar que sois escolhido por Deus para desempenhar parte especial como homem representativo em ligação com a terceira mensagem angélica, ao avançar ela com poder. Mas não vos achais reto para com Deus, e Ele não pode administrar o erro. Tirais o máximo partido dos erros dos homens em responsabilidade da igreja, e vos aproveitais das reprovações a eles feitas porque esses homens não se harmonizam convosco, ou não consideram correta a experiência religiosa que julgais superior à luz que Deus tem feito brilhar sobre a igreja. Quem vos colocou na cadeira de juiz, para condenar a outros? -- Não Deus, mas vós mesmo. ... ME2 84 2 As palavras que haveis proferido em condenação de vossos irmãos, não têm sido poucas. Parece ser vossa comida e bebida condenar. Vossa vida espiritual compõe-se daquilo de que a alimentais. Gostais também de apresentar vossas falsas idéias diante da própria família, e de quem quer que as queira ouvir. Podeis então surpreender-vos de que o profano fermento haja operado? Podeis chamar a isso blasfêmia, se o quiserdes, mas é o que o Senhor me mostrou. As visões de Ana entram para confirmar-vos em vossas idéias errôneas. Estais enganando e sendo enganados. Satanás tem arranjado as coisas de maneira que haveis entrincheirado a própria alma com a falsidade. -- Carta 12, 1890. Sempre haverá movimentos falsos e fanáticos ME2 84 3 Sempre haverá movimentos falsos e fanáticos feitos na igreja por pessoas que pretendem ser dirigidas por Deus -- pessoas que correrão antes de ser enviadas, e darão dia e data para o cumprimento da profecia não cumprida. O inimigo se agrada de que assim procedam, pois seus sucessivos fracassos e direção em sentido falso, causam confusão e incredulidade. -- Carta 28, 1897. ------------------------Capítulo 10 -- As visões de Ana Phillips Não traz a assinatura do céu ME2 85 1 Sei que estamos vivendo bem perto do fim da história terrestre; acham-se em preparo acontecimentos sensacionais. Estou de pleno acordo convosco quando apresentais a Bíblia, e a Bíblia tão-somente, como fundamento de nossa fé. Satanás é inimigo astucioso, e trabalhará onde muitos de modo algum o esperariam. Tenho uma mensagem para vós. Supusestes que Deus vos comissionara a tomar a responsabilidade de apresentar as visões de Ana Phillips, lendo-as em público, unindo-as com os testemunhos que o Senhor houve por bem dar-me? Não, o Senhor não pôs sobre vós este encargo. Não vos deu esta obra a fazer. ... Não desmereçais a obra misturando com ela manifestações que não tenhais positiva evidência de serem provenientes do Senhor da vida e da glória. ... ME2 86 1 Prezado irmão, desejo apresentar-vos algumas coisas concernentes aos perigos que ameaçam a obra no tempo atual. A obra de Ana Phillips não traz a assinatura do Céu. Sei de que estou falando. Em nossa primeira experiência na infância desta causa, tivemos de enfrentar manifestações semelhantes. Davam-se muitas revelações assim, e tivemos um trabalho muitíssimo desagradável no enfrentar esse elemento e não lhe dar lugar. Algumas coisas apresentadas nessas revelações se cumpriram, e isto levou alguns a aceitá-las como genuínas. ... ME2 86 2 Deus não chamou Ana Phillips para acompanhar os testemunhos que Ele tem dado a Seu povo e repetir-lhes a significação. Mas isto é e tem sido seu trabalho. Pessoas faziam exatamente a mesma coisa nos princípios desta causa. Tivemos todo aspecto dessas falsas revelações a enfrentar. ME2 86 3 Como é, irmão, que tomastes essas comunicações e as apresentastes ao povo, entretecendo-as com os testemunhos que Deus tem dado à irmã White? Onde está a prova que tendes de que elas são de Deus? Não podeis ser demasiado cuidadoso quanto à maneira por que ouvis, recebeis e acreditais. Não podeis ser demasiado cuidadoso quanto ao modo por que falais do dom de profecia, e declarais que eu disse isto e aquilo relativamente a esse assunto. Tais declarações, eu sei bem, encorajam homens e mulheres e crianças a imaginar que têm luz especial em revelações de Deus, quando não receberam tal luz. Isto, foi-me mostrado, seria uma das obras-primas de engano de Satanás. Estais dando à obra um molde que custará precioso tempo e fatigante sofrimento de alma corrigir, salvar a causa de Deus de outro espasmo de fanatismo. ... Muito bem e apenas uma sementinha de erro ME2 86 4 Não pensais que conheço alguma coisa dessas questões? Por todo o nosso caminho à Canaã celeste vemos muitas almas que fizeram naufrágio da fé, e em seus movimentos falsos levaram outros por sendas erradas devido à suposição de que eram conduzidos por Deus em revelações especiais. Tenho tido de escrever muitas, muitas páginas para corrigir esses erros. Tenho ficado preocupada e oprimida noite após noite, incapaz de dormir em virtude da angústia de minha alma pela herança de Deus, Seu povo, em risco de serem extraviados. Muitas coisas nessas visões e sonhos parecem ser todas corretas, uma repetição daquilo que tem estado no campo por muitos anos; bem depressa, porém, eles introduzem um jota aqui, um til de erro ali, apenas uma sementinha que deita raiz e floresce, e muitos são por ela contaminados. ME2 87 1 Oh! eu quisera que tivéssemos em tudo incomparavelmente mais sabedoria do que agora possuímos! Uma coisa todo obreiro na vinha do Senhor precisa aprender, isto é, pôr em prática a oração de Cristo -- mover-nos como um em Cristo Jesus. Jesus orou para que Seus discípulos fossem um, como Ele é um com o Pai. O inimigo está em atividade, para dividir, espalhar. Agora, mais do que nunca, ele fará decididos esforços para espalhar nossas forças. Mais que em qualquer outro período, é agora perigoso avançarmos sob nossa própria orientação. A verdade para este tempo é ampla em seus contornos, de vasto alcance, abrangendo muitas doutrinas; estas, porém, não são unidades destacadas, de pouca significação; são unidas por áureos fios, formando um todo completo, tendo Cristo como o centro vivo. As verdades que apresentamos da Bíblia são tão firmes e inabaláveis como o trono de Deus. ME2 87 2 Meu irmão, por que havíeis, o irmão R e vós, de seguir a direção que tomastes quanto a Ana Phillips sem maior certeza de que o Senhor a escolhera para Sua porta-voz ao povo, Seu conduto de comunicação da luz? Se aceitardes tudo dessa espécie que surja pretendendo ser revelação de Deus, se continuardes a encorajar esses supostos profetas como haveis feito, prestando a influência de vosso testemunho para apoiar-lhes a obra, não sereis seguros guardiões da herança do Senhor. As advertências dadas por Cristo significam-nos alguma coisa. Vede Mateus 24:21-23. ME2 87 3 Satanás operará com todo o engano da injustiça para personificar a Jesus Cristo; se fora possível, ele enganaria os próprios eleitos. Ora, se a falsificação apresenta tão perfeita semelhança com o verdadeiro, não é essencial estardes em guarda, para que ninguém vos engane? Cristo reforça Suas advertências, dizendo: "Eis que Eu vo-lo tenho predito." Mateus 24:25. Irmãos, pregai a Palavra, não chameis o povo a descansar sua fé em coisas incertas, ou a pôr a confiança no instrumento humano. Tenho a palavra do Senhor. Foi-me mostrado o Pastor R perante uma porção de pessoas lendo das professas revelações de Ana Phillips. Achava-Se presente uma Pessoa nobre, cheia de dignidade, e com expressão de tristeza na fisionomia removeu o documento escrito, pôs na mão do irmão R a Bíblia, e disse: "Tomai a Palavra de Deus como vosso compêndio. 'Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra'." 2 Timóteo 3:16, 17. ME2 88 1 Os que esquadrinham as Escrituras acharão explícitas instruções quanto ao que Deus requer deles em pontos de vida religiosa prática. Estais cometendo um erro em desviar a atenção do rebanho de Deus da Palavra, a infalível palavra da profecia. Cuidai com o que ouvis, e sede cauteloso com o que recebeis. Há necessidade de cautela para que a mente do pequeno rebanho não seja encontrada acreditando aquilo que não é a genuína obra do Espírito Santo. Há nisso mui grande perigo. Satanás está sempre procurando introduzir matéria espúria na obra, a fim de manchar o testemunho, e trazer descrédito sobre a verdade. Ele quisera misturar com ela um elemento que fosse pedra de tropeço na senda do povo de Deus. ME2 88 2 Os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, eis a mensagem que temos de apresentar ao mundo. A Palavra de Deus não é unilateral, é verdade para ser praticada. É luz que se estende a todos os lados como os raios do Sol. É luz para alumiar a todo homem que ler e entender e praticar seus ensinos. "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Tiago 1:5. -- Carta 103, 1894. "Não os creiais" ME2 88 3 Tenho para vós uma mensagem do Senhor. O irmão R não está empenhado na obra que o Senhor quereria que ele fizesse. Deus deu a cada homem sua obra, e o irmão R está saindo dos limites que o Senhor lhe designou. Não pode ver os resultados dessa obra que empreendeu. Ana Phillips está sendo prejudicada, é levada avante, encorajada em uma obra que não suportará a prova de Deus. ME2 89 1 Ana Garmire foi assim prejudicada. Seu pai e sua mãe fizeram-na crer que os sonhos infantis que tinha eram revelação de Deus. O pai falava à filha como uma pessoa escolhida de Deus; todas as suas fantasias e sonhos eram escritos como visões de Ana. Eram-lhe apresentados imagens e símbolos, e tinha reprovações para sua mãe e seu pai. Após fulminante reprovação, seguiam-se as mais lisonjeiras apresentações das coisas maravilhosas que o Senhor faria por eles. Estas coisas foram-me indicadas como espúrias, um engano. Elas desciam às questões mais insignificantes e fúteis, misturavam coisas comuns, vulgares, com assuntos importantes. A imaginação era grandemente desenvolvida, havia mescla de sagrado e comum. A verdade de Deus era amesquinhada, e todavia alguns receberam essas pretensas revelações, e punham-lhe em prática os ensinos. Formou-se um pequeno partido, ao que parecia inspirado por eles, e as visões foram declaradas mais espirituais que as da irmã White. ... A mistura do sublime e do ridículo ME2 89 2 Recebi de Deus a advertência que ora vos envio. Não devia haver sido dado a Ana Phillips o encorajamento que tem tido; isso tem sido grande dano para ela -- firmando-a num engano. Sinto que alguns de nossos irmãos e irmãs estejam prontos a meter-se com essas supostas revelações, e imaginem ver nelas as credenciais divinas. Essas coisas não são de natureza a efetuar a obra essencial para este tempo. Imagens e ilustrações infantis são empregadas para descrever sagradas coisas celestiais, e há uma mistura do sublime e do ridículo. Ao passo que a obra tem aparência de grande santidade, é calculada para enredar e transviar almas. ... ME2 90 1 Várias coisas aparecerão pretendendo ser revelações de Deus, mas que emanam da imaginação de uma mente presunçosa e iludida. Tivemos de enfrentar essas coisas no princípio de nossa carreira. Houve jovens e crianças bem como pessoas de idade madura que pretendiam ser dirigidas e ensinadas por Deus, tendo mensagem especial a declarar. Brotavam de toda parte, tendo a verdade em alguns pontos, e erro em outros. Por anos veio a mim a mensagem de Deus: "Não os creiais, pois conduzem a caminhos falsos. Deus não os enviou." -- Carta 4, 1893. Provai todas as chamadas visões ME2 90 2 Como se tenha propalado largamente a notícia de que a irmã White endossou o que foi escrito e posto em circulação como revelações de Deus à Srta. Ana Phillips, sinto ser meu dever falar. Não endossei essas manifestações. Têm-me sido dadas advertências quanto a elas, de que mui certamente desencaminharão. Achar-se-ão entretecidas com elas declarações que induzirão a extremos, e a ações erradas da parte dos que as aceitam. Bom seria para nossos irmãos e irmãs procederem mais cautelosamente, em harmonia com a luz que lhes tem sido dada. Devem provar essas chamadas visões antes de aceitá-las, e apresentá-las em ligação com a luz que Deus me tem dado. Vejo que nosso povo se encontra em risco de cometer erros crassos e dar passos precipitados. Deus diz acerca desses profetas que estão a surgir: "Não os enviei, todavia eles correram. Não os creiais." ME2 90 3 Mas o que me entristece é que alguns de nossos irmãos têm relacionado o procedimento de Ana Phillips com os testemunhos da irmã White, e apresentado as duas ao povo como uma e mesma coisa. Muitos têm aceito o todo como procedente de mim. E quando os resultados de tais produções forem vistos em seu verdadeiro caráter, quando falsidades forem apresentadas como verdades de Deus, e pessoas agirem baseadas nessas coisas, acreditando que elas são uma mensagem do Senhor, tomar-se-ão atitudes que não levarão as credenciais divinas, trazendo dúvidas sobre a verdadeira obra do Espírito de Profecia. E os testemunhos enviados por Deus ao povo sofrerão o estigma dessas falsas declarações. Essas revelações são em grande parte uma repetição daquilo que tem sido por anos apresentado ao povo em publicações; e todavia há de mistura com isso algumas coisas que transviarão. ... ME2 91 1 Tenho uma advertência a dar a nossos irmãos: que eles sigam a seu Líder e não corram adiante de Cristo. Não haja nestes tempos obra feita ao acaso. Acautelai-vos de fazer fortes declarações que levem mentes desequilibradas a pensar que têm maravilhosa luz de Deus. Aquele que transmite uma mensagem ao povo da parte de Deus precisa exercer perfeito controle. Deve ter sempre em mente que o caminho da presunção se acha bem perto, ao lado da senda da fé. Em caso algum deve ele servir-se de expressões extravagantes, pois certa classe será certamente afetada, e põem-se em movimento influências que se não podem controlar mais facilmente do que a um cavalo impetuoso. Uma vez que se permitam impulso e emoção tomarem o domínio sobre o calmo juízo, possivelmente haverá demasiada velocidade, mesmo no palmilhar uma estrada reta. Aquele que viaja demasiado rápido, verificará ser isso perigoso em mais de um sentido. Não tardará a que ele se desvie do caminho direito para uma vereda errada. ME2 91 2 Nem uma vez se deve permitir que o sentimento tome o domínio da razão. Há risco de excesso no que é lícito, e o que o não é induzirá certamente a falsas veredas. Caso não haja obra cuidadosa, diligente, sensata, sólida como a rocha, no avançamento de toda idéia e princípio, e em toda apresentação feita, almas serão arruinadas. ... O máximo cuidado deve ser exercido com relação aos que pretendem receber revelações de Deus. Importa que haja atenta vigilância e muita oração. Aqueles que estão desempenhando uma parte na grande obra para estes últimos dias, necessitam aconselhar-se mutuamente no que respeita a toda coisa nova que seja introduzida, pois a mente de nenhum homem deve ter permissão de julgar ou pôr perante o público assuntos importantes que tenham relação com a causa de Deus. -- Carta 6a, 1894. Sem suficiente prova ME2 92 1 Quero dizer o menos possível a respeito de Ana Phillips. Quanto menos este assunto for falado e agitado, melhor. Há uma "mosca morta no ungüento". Antes que esta chegue a vossas mãos, havereis recebido uma carta dando mais completa declaração acerca do que podemos esperar no caso. Sinto-me mais triste do que me é possível exprimir-vos por haver o caso sido tratado desavisadamente. Teremos dezenas e dezenas de manifestações dessa espécie, e se nossos irmãos dirigentes apanharem coisas dessa natureza e as endossarem como fizeram nesse caso, teremos uma das ondas mais avassaladoras de fanatismo já vistas em nossa vida. Haverá as mais confusas atuações. Satanás já começou sua obra. Dar pronto crédito a essas coisas, e fazer descuidosas, desavisadas declarações endossando-as sem suficiente prova de seu genuíno caráter, é um dos ardis de Satanás. O Senhor Jesus tem certamente dado suficientes advertências com relação a esse assunto, de modo que ninguém necessita ser iludido. ME2 92 2 Em casos como esses, essencial é mostrar moderação. O Senhor está às portas. Não nos podemos permitir trabalhar da maneira por que o fizeram os que apresentaram as produções de Ana Phillips a nossas igrejas sem prova clara e cabal de que Deus está falando a Seu povo por intermédio dela. Que nossos ministros se apressem a pôr uma coisa perante nosso povo como trazendo credenciais divinas, a menos que saibam com certeza que ela é de Deus, é fazer uma obra que Ele lhes disse que não fizessem. Hão de vir muitas coisas destinadas a enganar, trazendo algumas das marcas da verdade. Assim que elas forem postas em movimento como o grande poder de Deus, Satanás estará todo pronto para nelas entretecer aquilo que preparou a fim de desviar almas da verdade para este tempo. ... O erro apresenta inscrição da verdade ME2 92 3 Está a vir toda mensagem concebível para falsificar a obra de Deus, e sempre trazendo a inscrição da verdade em sua bandeira. ... ME2 93 1 Não é coisa leve substituir a vontade revelada de Deus por opiniões e asserções, sonhos, símbolos e imagens provindos de seres humanos, finitos. Nossas ações, palavras, espírito e influência são observados e criticados. Aqueles que Deus escolheu para serem Seus ministros devem firmar-se solidamente em Sua Palavra, e deixar que a Palavra de Deus seja sua autoridade. ... ME2 93 2 A este tempo, mais que em todos os outros, juízos apressados, opiniões formadas negligentemente, sem suficiente prova, podem levar aos mais desastrosos resultados. Quando seguirmos de causa para efeito, verificaremos que se tem assim causado um dano que, em alguns casos, jamais pode ser remediado. Oh! que sabedoria e finas percepções espirituais são necessárias no dar alimento ao rebanho de Deus, para que esse alimento seja forragem pura, inteiramente joeirada! Os traços de caráter naturais, hereditários, necessitam freio firme, do contrário o fervoroso zelo, os bons propósitos, tenderão para o mal, e o excesso de sentimento produzirá sobre os corações humanos tais impressões que eles serão arrebatados pelo impulso e permitirão que as impressões se tornem seu guia. ME2 93 3 Importa manter o freio no impulso espiritual, para que nenhumas palavras não judiciosas sejam proferidas, nenhumas idéias superexcitadas expressas, que façam com que pessoas impulsivas se desorientem. Pessoas há cujos sentimentos são prontamente excitados por vigorosas asserções, e sua imaginação aumenta a declaração a grandes dimensões; tudo se lhes afigura real, e tornam-se fanáticas. A vida cristã fica febril, enferma. Quando as pessoas rendem a vontade em perfeita submissão à vontade de Deus, e o espírito é humilde e dócil, o Senhor as corrigirá por Seu Santo Espírito, conduzindo-as a veredas seguras. -- Carta 66, 1894. "Coisa alguma objetável" é base insegura para aceitação ME2 93 4 Talvez fiqueis perplexos, sem saber justo o que é o melhor caminho a seguir quanto aos escritos de Ana Phillips. Desejaria sugerir que nada se faça precipitadamente. Meus sentimentos são muito brandos para com essa irmã. Não diria nem faria coisa alguma para feri-la. E como os escritos têm sido tão ansiosamente apanhados e disseminados largamente com tão pouco teste e prova, não haja movimentos abruptos para os recolher e destruir como se fossem veneno. Onde eles já foram enviados para fora com a sanção de nossos homens de responsabilidade, deixai-os ficar. Tomar medidas abruptas agora causaria dano. ME2 94 1 O que me causa grande admiração é que nossos irmãos aceitassem escritos porque neles não podiam ver nada de objetável. Por que não consideraram o que neles há de uma espécie que possa ser endossada e divulgada com o poder da influência que sua força lhes dá? ME2 94 2 Há muitas coisas que não digo agora, que será necessário dizer depois. Conquanto eu não quisesse fazer nada para magoar essa irmã, não ousaria guardar silêncio. ... Acho-me colocada em posição peculiar, e essa questão nunca deveria haver sido tratada de maneira a tornar necessário que eu falasse sobre tal assunto. Magoa-me o coração fazê-lo, e não fosse ver eu os perigos futuros, não emitiria uma palavra sobre a questão, mas deixá-la-ia desenvolver-se, e que meus irmãos e minhas irmãs prosseguissem em sua direção no que respeita a essas manifestações, que não são absolutamente peculiares. ... Não consigo ver nos escritos da irmã Phillips coisa alguma de molde a criar o movimento que tem havido. E se coisas dessa natureza devam ser tão ansiosamente agarradas, tendes quantidade delas, variadas em alguns respeitos, todavia de caráter a tratardes com idêntica confiança. Estou tão triste, tão triste! ME2 94 3 Pareceis pensar que devia ser capaz de indicar justamente onde se acham os sentimentos particularmente objetáveis. Não há nada tão visível no que tem sido escrito; não fostes capaz de descobrir nada de objetável; isto, porém, não é razão para servir-se desses escritos como haveis feito. Vossa direção nesse assunto é decididamente objetável. É acaso necessário que possais discernir imediatamente algo que causasse dano ao povo de Deus para tornardes-vos cauteloso? Se não aparece coisa alguma assim, é porventura razão suficiente para dardes vosso endosso a esses escritos?... ME2 95 1 Não dissemineis escritos dessa natureza sem mais considerações e profunda visão quanto às conseqüências posteriores de vossa maneira de agir. ... ME2 95 2 O fanatismo aparecerá mesmo em nosso meio. Virão enganos, e de tal caráter, que se possível fora, desviariam os próprios eleitos. Caso fossem claras nessas manifestações assinaladas incoerências e declarações inverídicas, não seriam necessárias as palavras dos lábios do Grande Mestre. É por causa dos muitos e vários perigos que iriam surgir, que é dada esta advertência. O motivo por que apresento o sinal de perigo é que, mediante a iluminação do Espírito de Deus, posso ver aquilo que meus irmãos não discernem. Talvez não seja uma positiva necessidade indicar eu todos esses aspectos peculiares do engano de que se precisam guardar. É-me bastante dizer-vos: Estai em guarda; e como fiéis sentinelas guardai o rebanho de Deus contra aceitar indiscriminadamente tudo quanto professa ser-lhes comunicado da parte do Senhor. ME2 95 3 Se trabalhamos para criar uma excitação de sentimentos, teremos tudo quanto queremos, e mais do que poderemos possivelmente saber manejar. Calma e claramente "que pregues a palavra". 2 Timóteo 4:2. Precisamos não considerar ser nossa obra criar excitação. Unicamente o Espírito Santo pode criar um são entusiasmo. Deixai que Deus opere, e ande o instrumento humano mansamente diante dEle, vigiando, esperando, orando, olhando cada momento a Jesus, dirigido e controlado pelo precioso Espírito que é luz e vida. ME2 95 4 O povo quer um sinal, como nos dias de Cristo. Então o Senhor lhes disse que nenhum sinal lhes seria dado. O sinal que deve ser manifestado agora e sempre é a operação do Espírito Santo na mente do instrutor, para tornar a Palavra o mais impressiva possível. A Palavra de Deus não é uma teoria morta, seca, mas espírito e vida. Satanás não acharia nada melhor do que desviar as mentes da Palavra, para aguardarem e esperarem alguma coisa fora dessa Palavra para fazê-los sentir. Eles não devem ter a atenção atraída para sonhos e visões. Se quiserem ter vida eterna, precisam comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. -- Carta 68, 1894. ------------------------Capítulo 11 -- Estar alerta Na obra de Deus tudo é tranqüilo, calmo ME2 96 1 O inimigo está-se preparando para enganar o mundo inteiro por seu poder operador de milagres. Ele pretenderá personificar os anjos de luz, personificar a Jesus Cristo. Todo aquele que ensina a verdade para este tempo deve pregar a Palavra. Os que se apegam à Palavra não abrirão as portas para Satanás mediante imprudentes declarações com referência a profetizar ou a sonhos e visões. Em maior ou menor grau, têm-se introduzido manifestações falsas, aqui e ali, desde 1844, depois do tempo em que esperávamos a segunda vinda de Cristo. Tivemo-las no caso Garmire, nas declarações de K, e no movimento Stanton. Tê-los-emos mais e mais, e como sentinelas fiéis, precisamos estar alerta. Chegam-me cartas de muitas pessoas a respeito de visões que tiveram e que sentem ser dever seu relatar. Que o Senhor ajude Seus servos a serem cautelosos. ME2 96 2 Quando o Senhor tem um genuíno conduto de luz, há sempre quantidade de falsificações. Satanás entrará por toda porta a ele aberta. Ele dará mensagens de verdade, misturando com ela idéias dele próprio, preparadas para transviar almas, atrair a mente a seres humanos e a seus ditos, e impedir que eles se apeguem firmemente a um "Assim diz o Senhor". Nos tratos de Deus com Seu povo, tudo é tranqüilo; da parte dos que nEle confiam, tudo é calmo e despretensioso. Haverá simples, verdadeiros e fervorosos crentes na Bíblia, e haverá obradores bem como ouvintes da Palavra. Haverá são, sincero, sensato esperar em Deus. O crente fará depender de Jesus Cristo sua alma desamparada. Cristo será exaltado. Trabalhar e orar, vigiar e esperar, eis nossa posição. -- Carta 102, 1894. Mensagem a alguém que pretende ter visões ME2 97 1 Foi-me trazida uma pergunta a respeito da atitude que devemos tomar para com a obra de uma irmã na Alemanha, a qual pretende ter visões. ME2 97 2 A palavra que me foi dada pelo Senhor durante a noite passada é que Deus não dirige Seu povo a essa irmã quanto a conselho. Caso encorajássemos essa irmã na obra que ela pensa ser chamada a realizar e nas mensagens que apresenta, muita confusão teria lugar. O Senhor não lhe deu a obra de dizer o que este fará, e o que fará aquele. Ele diz a Seu povo: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense o tal homem que receberá do Senhor alguma coisa." Tiago 1:5-7. ME2 97 3 Ensinai o povo a buscar individualmente a Deus quanto a guia, a estudar as Escrituras, e aconselhar-se uns com os outros, humildemente, com oração, e com fé viva. Não animeis, porém, essa irmã a pensar que o Senhor lhe deu suas mensagens para o povo. O esclarecimento a mim dado relativamente a esse caso é que, fosse esta irmã animada a pensar que lhe tenham sido dadas mensagens para outros, os resultados seriam desastrosos, e a irmã estaria em perigo de perder a própria alma. ME2 98 1 Minha mensagem a essa irmã, é: Andai humildemente para com Deus, e olhai para Ele por vós mesma. Ele não vos deu a obra de indicar o dever de outros; mas podeis ser uma auxiliar se fordes uma cristã sincera, buscando encorajar a outros, sem pretender revelações sobrenaturais. -- Manuscrito 64, 1905. Provados pela "lei" e o "testemunho" ME2 98 2 Nestes dias de enganos, todo aquele que se acha firmado na verdade terá de combater pela fé uma vez entregue aos santos. Toda variedade de erro será trazida à luz na misteriosa operação de Satanás, a qual, se possível fora, enganaria até os escolhidos, desviando-os da verdade. Haverá sabedoria humana a enfrentar -- a sabedoria de homens de saber, os quais, como os fariseus, são mestres da lei de Deus, mas não obedecem eles próprios à lei. Haverá a ignorância e a loucura humana a enfrentar em desconexas teorias aparelhadas em novas e fantásticas roupagens -- teorias que será tanto mais difícil enfrentar quanto não há nelas nenhuma razão. ME2 98 3 Haverá falsos sonhos e visões, que encerram alguma verdade, mas desviam da fé original. O Senhor deu uma regra pela qual distingui-los: "À lei e ao testemunho: se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20 (VT). Se eles desmerecem a lei de Deus, se não dão atenção a Sua vontade tal como é revelada nos testemunhos de Seu Espírito, são enganadores. Eles são controlados por impulso e impressões, que acreditam serem do Espírito Santo, e consideram mais dignos de confiança que a Palavra Inspirada. Pretendem que todo pensamento e sentimento é uma impressão do Espírito; e quando se raciocina com eles segundo as Escrituras, declaram que possuem alguma coisa mais digna de confiança. Ao passo, porém, que pensam ser guiados pelo Espírito de Deus, estão na verdade seguindo uma imaginação trabalhada por Satanás. -- The Bible Echo, Setembro de 1886. Testados "por seus frutos" ME2 99 1 Nestes dias perigosos não devemos aceitar tudo que os homens nos trazem como verdade. Quando professos mestres da parte de Deus vêm a nós declarando que têm uma mensagem de Deus, é justo indagar cuidadosamente: Como sabemos que isto é verdade? Jesus nos disse que "surgirão muitos profetas, e enganarão a muitos". Mateus 24:11. Não precisamos, porém, ser enganados; pois a Palavra de Deus nos dá um teste pelo qual podemos conhecer o que é verdade. Diz o profeta: "A lei e ao testemunho: se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20 (VT). ME2 99 2 Segundo essa declaração evidencia-se que nos convém ser diligentes estudantes das Escrituras, para sabermos o que está em harmonia com a lei e o testemunho. Não estamos seguros em nenhum outro modo de agir. Diz Jesus: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo." Mateus 7:15-19. -- The Review and Herald, 23 de Fevereiro de 1892. Exibições voluntárias prova de uma obra espúria ME2 99 3 Conforme esse irmão e sua esposa esboçam o que lhes tem acontecido, e que eles pretendem lhes haver sobrevindo em resultado do recebimento do Espírito Santo com poder apostólico, pareceu-me ser um fac-símile daquilo que fomos chamados a enfrentar e corrigir nos princípios de nossa carreira. ME2 99 4 Próximo do fim de nossa entrevista, o irmão L propôs que nos uníssemos em oração, com a idéia de que possivelmente sua mulher durante a oração fosse possuída como ele me havia descrito, e então eu fosse habilitada a discernir se isso era do Senhor ou não. Não pude consentir nisso, pois fui instruída de que, quando uma pessoa oferece exibir essas manifestações peculiares, é decidida evidência de que não é a obra de Deus. -- Carta 338, 1908. A Bíblia não ultrapassada por milagres ME2 100 1 Não acaricie ninguém a idéia de que providências especiais ou manifestações miraculosas devam ser a prova da genuinidade de sua obra ou das idéias que defende. Caso conservemos estas coisas diante do povo, elas produzirão mau efeito, emoção prejudicial. A genuína operação do Espírito Santo no coração humano é prometida para dar eficiência mediante a Palavra. Cristo declarou que a Palavra é espírito e vida. "A Terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar." Habacuque 2:14. ME2 100 2 Satanás trabalhará da maneira mais sutil para introduzir invenções humanas revestidas de roupagens angélicas. Mas a luz da Palavra está brilhando por entre as trevas morais; e a Bíblia jamais será ultrapassada por manifestações miraculosas. A verdade precisa ser estudada, ser esquadrinhada em busca de tesouros ocultos. Maravilhosas iluminações não serão dadas à parte da Palavra, ou para tomar-lhe o lugar. Apegai-vos à Palavra, recebei a Palavra enxertada, que fará o homem sábio para a salvação. ------------------------Capítulo 12 -- Os três anjos e o outro anjo ME2 101 1 [Muitas vezes em ligação com ensinos errôneos e falsos movimentos, aquele que os lidera identifica sua mensagem e obra com a do outro anjo de Apocalipse 18:1. Alguns ensinos errôneos no decorrer dos anos têm envolvido igualmente as mensagens dos três anjos de Apocalipse 14. Foi o caso numa situação enfrentada em 1896 pela Sr. White nas comunicações que se seguem. A recapitulação das mensagens dos três anjos em sua obra ampla, se bem que extensa, será apreciada por suas declarações confirmativas. -- Compiladores] Mistura de verdade e erro ME2 101 2 Não consegui dormir depois de uma e meia da madrugada. Eu estava levando ao irmão T uma mensagem que o Senhor me dera para ele. Os pontos de vista particulares que ele mantém são uma mistura de verdade e de erro. Caso ele houvesse passado pelas experiências do povo de Deus ao dirigi-los Ele pelos quarenta anos passados, estaria mais bem preparado para fazer a correta aplicação da Escritura. Os grandes sinais demarcadores no caminho da verdade, mostrando-nos a direção na história profética, devem ser cuidadosamente protegidos, para que não sejam derribados, e substituídos por teorias que trariam confusão em vez de genuíno esclarecimento. Foram-me citadas as próprias teorias errôneas que têm sido repetidamente apresentadas. Os que defendem essas teorias apresentaram citações escriturísticas, mas aplicaram-nas mal e as deturparam. As teorias julgadas corretas eram incorretas, e todavia muitos pensaram que fossem justamente as teorias a serem apresentadas ao povo. As profecias de Daniel e de João devem ser diligentemente estudadas. ME2 102 1 Existem pessoas, ainda vivas, que ao estudarem as profecias de Daniel e de João, receberam grande luz de Deus ao examinarem a base onde profecias especiais estavam em processo de cumprimento, por sua ordem. Eles levaram a mensagem do tempo ao povo. A verdade brilhou claramente como Sol ao meio-dia. Acontecimentos históricos, mostrando o direto cumprimento da profecia, foram expostos ao povo, e viu-se que ela era um esboço figurado de acontecimentos conducentes ao encerramento da história terrestre. As cenas relacionadas com a obra do homem do pecado são os últimos aspectos claramente revelados na história terrestre. O povo tem agora uma mensagem especial para dar ao mundo -- a terceira mensagem angélica. Aqueles que em sua experiência examinaram o fundamento, e desempenharam uma parte na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, não estão tão susceptíveis a ser induzidos a falsos caminhos como os que não tiveram conhecimento experimental do povo de Deus. ... ME2 102 2 Tem havido uns e outros que, estudando a Bíblia, julgaram descobrir grande luz, e teorias novas, mas não têm sido corretas. As Escrituras são todas verdade, mas por aplicarem-nas mal, homens chegam a erradas conclusões. Achamo-nos empenhados em grande conflito, e ele se tornará mais rigoroso e decidido ao nos aproximarmos da luta final. Temos um inimigo vigilante, e está em constante atividade na mente humana que não teve experiência pessoal nos ensinos do povo de Deus pelos cinqüenta anos passados. Alguns tomarão a verdade aplicável a seu tempo, e pô-la-ão no futuro. Acontecimentos, na seqüência da profecia, que tiveram seu cumprimento no distante passado, são considerados futuros, e assim, por essas teorias, a fé de alguns é solapada. ME2 102 3 Segundo a luz que o Senhor houve por bem conceder-me, estais em risco de fazer a mesma obra, apresentando perante outros verdades que tiveram seu lugar e fizeram sua obra específica para o tempo, na história da fé do povo de Deus. Reconheceis como verdadeiros esses fatos na história bíblica, mas os aplicais ao futuro. Eles têm sua força ainda em seu devido lugar, na cadeia dos acontecimentos que nos tornaram, como um povo, o que somos hoje, e como tal, eles devem ser apresentados àqueles que se encontram nas trevas do erro. Os fiéis obreiros de Jesus Cristo devem cooperar com seus irmãos que tiveram experiência na obra desde o próprio surgimento da mensagem do terceiro anjo. Esses seguiram passo a passo, recebendo luz e verdade ao avançarem, suportando prova após prova, erguendo a cruz que lhes jazia diretamente na trilha, e esforçando-se por avançar em conhecer o Senhor, cujas saídas são preparadas qual a manhã. Vós e outros de nossos irmãos precisais aceitar a verdade tal como Deus a deu aos estudiosos de Suas profecias, à medida que eles foram conduzidos por viva e genuína experiência, avançando ponto por ponto, testados, provados e experimentados, até que a verdade é para eles uma realidade. Por sua palavra e pena, tem ido a todas as partes do mundo a verdade em raios brilhantes e cálidos, e aquilo que lhes era verdade-teste, segundo era trazida pelos mensageiros delegados do Senhor, é verdade que prova a todos a quem esta mensagem é proclamada. ME2 103 1 A força da advertência a vir agora ao povo de Deus de perto e de longe, é a mensagem do terceiro anjo. E os que estão buscando compreender essa mensagem não serão levados pelo Senhor a fazer da Palavra uma aplicação que solape o fundamento e remova as colunas da fé que fizeram dos adventistas do sétimo dia o que hoje são. As verdades que se têm estado a desdobrar em sua ordem, à medida que temos avançado através da profecia revelada na Palavra de Deus, são verdade, sagrada e eterna verdade hoje. Aqueles que examinaram passo a passo a base na história passada de nossa experiência, vendo a cadeia de verdade nas profecias, estavam preparados para receber e obedecer a todo raio de luz. Eles estiveram orando, jejuando, buscando, cavando em procura da verdade como de tesouros escondidos, e o Espírito Santo, sabemos, estava nos ensinando e guiando. Foram avançadas muitas teorias que apresentavam uma semelhança de verdade, mas tão misturada com textos mal interpretados e mal aplicados, que induziam a perigosos erros. Muito bem sabemos nós como foi estabelecido cada ponto da verdade, e sobre ele posto o selo pelo Espírito Santo de Deus. E todo o tempo ouviam-se vozes: "Aqui está a verdade", "eu tenho a verdade; segui-me." Mas vinham as advertências: "Não vades após eles. Não os enviei, porém eles correram." Ver Jeremias 23:21. ME2 104 1 As direções do Senhor foram assinaladas, e maravilhosíssimas Suas revelações do que era a verdade. Ponto após ponto foi estabelecido pelo Senhor Deus do Céu. Aquilo que era verdade então, é verdade hoje. Não cessam, porém, de ouvirem-se as vozes -- "Isto é verdade. Eu tenho novo esclarecimento". Mas esses novos esclarecimentos em sentidos proféticos são manifestos em aplicar mal a Palavra e levar o povo de Deus ao sabor das ondas sem uma âncora que os segure. Se os estudiosos da Palavra pegassem as verdades que Deus revelou ao guiar Seu povo, e se apoderassem dessas verdades, digerissem-nas, e as introduzissem em sua vida prática, então seriam condutos vivos de luz. Mas aqueles que se aplicaram a estudar novas teorias, têm uma mistura de verdade e de erro, e depois de tentarem pôr em destaque essas coisas, têm demonstrado que não acenderam sua lâmpada no altar divino, e ela se apagou. -- Manuscrito 31, 1896. As mensagens dos três anjos em sua mais ampla colocação ME2 104 2 A proclamação das mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos foi colocada pela Palavra da Inspiração. Nem uma cavilha, nem um alfinete deve ser removido. Nenhuma autoridade humana tem mais direito de mudar a colocação dessas mensagens do que teria de substituir o Velho Testamento pelo Novo. O Velho Testamento é o evangelho em figuras e símbolos. O Novo Testamento é o corpo, ou substância. Um é tão essencial como o outro. O Velho Testamento apresenta lições dos lábios de Cristo, e essas lições não perderam em particular algum a sua força. ME2 104 3 A primeira e a segunda mensagens foram dadas em 1843 e 1844, e encontramo-nos agora sob a proclamação da terceira; mas todas as três mensagens devem ainda ser proclamadas. É simplesmente tão essencial agora como antes que elas sejam repetidas aos que estão buscando a verdade. Pela pena e pela palavra devemos fazer soar a proclamação, mostrando-lhes a ordem, e a aplicação das profecias que nos trazem à mensagem do terceiro anjo. Não pode haver terceira sem primeira e segunda. Estas mensagens devemos dar ao mundo em publicações, em discursos, mostrando em termos de história profética as coisas que aconteceram e as que hão de acontecer. ME2 105 1 O livro que foi selado não foi o do Apocalipse, mas aquela parte da profecia de Daniel que se referia aos últimos dias. Diz a Escritura: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Daniel 12:4. Quando o livro foi aberto, foi feita a proclamação: "Já não haverá demora." Ver Apocalipse 10:6, trad. atualizada. O livro de Daniel está agora aberto, e a revelação feita por Cristo a João deve vir a todos os habitantes da Terra. Pelo acréscimo do conhecimento deve ser preparado um povo para subsistir nos últimos dias. O Sábado, o grande ponto controverso ME2 105 2 "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu e a Terra, e o mar, e as fontes das águas." Apocalipse 14:6, 7. ME2 105 3 Esta mensagem, caso seja atendida, chamará a atenção de toda nação, e tribo e língua e povo a um acurado exame da Palavra, e à verdadeira luz quanto ao poder que mudou o sábado do sétimo dia para um sábado espúrio. O único Deus verdadeiro tem sido abandonado, Sua lei, rejeitada, Sua sagrada instituição do sábado foi pisada no pó pelo homem do pecado. O quarto mandamento, tão claro e explícito, foi passado por alto. O memorial do sábado, que declara quem é o Deus vivo, o Criador dos céus e da Terra, foi violentamente arrancado, e foi dado ao mundo, em seu lugar, um sábado espúrio. Assim foi feita uma brecha na lei de Deus. Um sábado falso não podia ser estandarte verdadeiro. ME2 106 1 Na mensagem do primeiro anjo os homens são chamados a adorar a Deus, nosso Criador, que fez o mundo e tudo quanto nele há. Eles têm rendido homenagem a uma instituição do Papado, anulando a lei de Jeová, mas deve haver um aumento do conhecimento nesse assunto. ME2 106 2 A mensagem proclamada pelo anjo voando pelo meio do céu é o evangelho eterno, o mesmo evangelho que foi anunciado no Éden quando Deus disse à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Gênesis 3:15. Aí está a primeira promessa de um Salvador que havia de erguer-Se no campo de batalha para contestar o poder de Satanás e prevalecer contra ele. Cristo veio ao nosso mundo a fim de representar o caráter de Deus assim como ele é representado em Sua santa lei; pois esta é uma transcrição de Seu caráter. Cristo era tanto a lei como o evangelho. O anjo que proclama o evangelho eterno proclama a lei de Deus; pois o evangelho da salvação leva os homens à obediência da lei, pela qual seu caráter é formado segundo a semelhança divina. ME2 106 3 No capítulo cinqüenta e oito de Isaías, é especificada a obra dos que adoram a Deus, o Criador dos céus e da Terra: "E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração." Isaías 58:12. [Diz a versão atualizada: "Levantarás os fundamentos de muitas gerações."] O memorial de Deus, Seu sábado do sétimo dia, será erguido. "Serás chamado reparador de brechas, e restaurador de veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o teu pé de profanar o sábado [não mais o pisares sob teus pés], e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia, mas se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares...; Eu te farei cavalgar sobre os altos da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó, porque a boca do Senhor o disse." Isaías 58:12-14, trad. atualizada. ME2 107 1 A história da igreja e do mundo, os leais e os desleais, é aqui plenamente revelada. Os fiéis, sob a proclamação da mensagem do terceiro anjo, puseram os pés no caminho dos mandamentos de Deus, para respeitar, honrar e glorificar Aquele que criou os céus e a Terra. As forças da oposição têm desonrado a Deus fazendo uma brecha em Sua lei, e quando a luz de Sua Palavra tem chamado a atenção para Seus santos mandamentos, revelando a brecha feita na lei pela autoridade papal, então, para se livrarem da convicção, os homens têm buscado destruir toda a lei. Podem eles, porém, destruí-la? Não; pois todos os que examinarem as Escrituras verão por si mesmos que a lei de Deus permanece imutável, eterna, e Seu memorial, o sábado, durará pelos séculos eternos, apontando ao único Deus verdadeiro em distinção de todos os deuses falsos. ME2 107 2 Satanás tem sido perseverante e infatigável em seus esforços para levar avante a obra que começou no Céu -- mudar a lei de Deus. Tem tido êxito em levar o mundo a crer a teoria que ele apresentou no Céu antes de sua queda, de que a lei de Deus era defeituosa e necessitava ser revisada. Grande parte da professa igreja cristã, por sua atitude, se não por suas palavras, mostra que aceitaram o mesmo erro. Se, porém, a lei de Deus foi mudada num jota ou num til, Satanás ganhou na Terra aquilo que não pôde obter no Céu. Ele preparou seus enganosos laços, na esperança de levar em cativeiro a igreja e o mundo. Mas nem todos serão enlaçados. Está sendo traçada uma linha de distinção entre os filhos da obediência e os filhos da desobediência, os leais e verdadeiros e os desleais e infiéis. Dois grandes partidos se desenvolvem -- os adoradores da besta e sua imagem, e os adoradores do Deus vivo e verdadeiro. O anjo de apocalipse dez ME2 107 3 A mensagem de Apocalipse 14, proclamando que é vinda a hora do juízo de Deus, é dada no tempo do fim; e o anjo de Apocalipse 10 é apresentado como tendo um pé no mar e outro em terra, mostrando que a mensagem será levada a terras distantes, que o oceano será atravessado e as ilhas do mar ouvirão a proclamação da última mensagem de advertência ao nosso mundo. ME2 108 1 "Então o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o Céu, e jurou por Aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu e a terra e o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora." Apocalipse 10:5, 6. Esta mensagem anuncia o fim dos períodos proféticos. A decepção dos que esperavam ver o Senhor em 1844 foi na verdade amarga para os que haviam tão ardentemente antecipado Seu aparecimento. Achava-se no desígnio do Senhor que viesse esse desapontamento e se revelassem os corações. ME2 108 2 Não baixa sobre a igreja nenhuma nuvem para a qual Deus não esteja preparado; nenhuma força oponente se tem erguido para opor-se à obra de Deus, que Ele não a haja previsto. Tudo tem ocorrido como Ele predisse por meio de Seus profetas. Não tem deixado Sua igreja em trevas, abandonada, mas traçou em declarações proféticas o que havia de acontecer, e mediante Suas providências, agindo no lugar indicado na história do mundo, Ele executou aquilo que Seu Santo Espírito inspirara os profetas a predizerem. Todos os Seus desígnios se cumprirão e serão estabelecidos. Sua lei acha-se ligada a Seu trono, e os agentes satânicos aliados com instrumentos humanos não a podem destruir. A verdade é inspirada e guardada por Deus; ela viverá, e vencerá, se bem que pareça às vezes sobrepujada. O evangelho de Cristo é a lei exemplificada no caráter. Os enganos praticados contra ela, toda invenção para vindicar a falsidade, todo erro forjado por instrumentos satânicos, serão finalmente para sempre destruídos, e a vitória da verdade será como o surgimento do Sol ao meio-dia. O Sol da Justiça brilhará trazendo saúde em Suas asas, e a Terra inteira se encherá de Sua glória. A certeza da profecia ME2 109 1 Tudo quanto Deus especificou que se havia de cumprir na história profética no passado, cumpriu-se, e tudo quanto está ainda por vir virá por sua ordem. Daniel, o profeta de Deus, está em seu lugar. João está em seu lugar. No Apocalipse o Leão da tribo de Judá abriu aos estudiosos da profecia o livro de Daniel, e assim Daniel se erguerá em seu lugar. Dá seu testemunho, aquilo que o Senhor lhe revelou em visão dos grandes e solenes acontecimentos que precisamos conhecer ao nos encontrarmos no próprio limiar de seu cumprimento. ME2 109 2 Na história e na profecia a Palavra de Deus descreve o longo e continuado conflito entre a verdade e o erro. Esse conflito se acha ainda em processo. As coisas que foram, repetir-se-ão. Velhas controvérsias serão reavivadas, e novas teorias estarão continuamente a surgir. O povo de Deus, porém, que em sua crença e cumprimento de profecia desempenhou uma parte na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, sabe onde se encontra. Possuem uma experiência que é mais preciosa que o ouro fino. Devem permanecer firmes como a rocha, retendo firmemente o princípio de sua confiança até o fim. ME2 109 3 Um poder transformador acompanhou a proclamação das mensagens do primeiro e do segundo anjos, da mesma maneira que secunda a mensagem do terceiro. Perduráveis convicções foram feitas em mentes humanas. O poder do Espírito Santo foi manifestado. Houve diligente estudo das Escrituras, ponto por ponto. Quase noites inteiras foram consagradas ao diligente exame da Palavra. Pesquisávamos em busca da verdade como de tesouros ocultos. O Senhor Se nos revelou. Foi derramada luz sobre as profecias, e conhecemos que recebíamos instrução divina. ... ME2 109 4 Depois do grande desapontamento poucos houve que se aplicaram a buscar a Palavra de todo o coração. Algumas almas, porém, não se assentaram em desânimo, nem negaram que o Senhor os conduzira. A esses a verdade foi aberta ponto por ponto, entrelaçada com suas mais abençoadas recordações e simpatias. Os pesquisadores da verdade sentiam que a identificação de Cristo com sua natureza e interesses era completa. A verdade foi feita brilhar, bela em sua simplicidade, majestosa com um poder e investida de uma certeza, desconhecidos antes do desapontamento. Podíamos então proclamar a mensagem em unidade. ME2 110 1 Mas entre os que não haviam firmado bem sua fé e experiência, houve grande confusão. Toda opinião concebível foi apresentada como mensagem da verdade; a voz do Senhor, porém, era: "Não os creiais; pois não os enviei." ME2 110 2 Andávamos cuidadosamente com Deus. A mensagem devia ser dada a todo o mundo, e sabíamos que esta verdade presente era dom especial de Deus ao mundo. A comunicação desse dom era prerrogativa de Deus. Seus desapontados servos, ainda em busca da verdade, foram guiados passo a passo para comunicarem ao mundo aquilo que lhes fora comunicado. As declarações proféticas deviam ser repetidas, e a verdade essencial à salvação devia ser dada a conhecer. A obra a princípio caminhava com dificuldade. Muitas vezes os ouvintes rejeitavam a mensagem como ininteligível, e o conflito começou com decidido fervor, especialmente com relação à questão sabática. Mas o Senhor manifestou Sua presença. Por vezes, o véu que Lhe ocultava a glória aos nossos olhos era afastado. E nós O contemplávamos no lugar santo e elevado. ME2 110 3 O Senhor não dirigirá as mentes agora no sentido de afastá-las da verdade que o Espírito Santo induziu no passado Seus servos a proclamarem. ME2 110 4 Muitos hão de investigar sinceramente a Palavra em busca de luz como fizeram os do passado; e vêem luz na Palavra. Não passaram, porém, pelas experiências da primeira proclamação dessas mensagens de advertência. Assim sendo, alguns não apreciam o valor das verdades que foram para nós como marcos miliários, e fizeram de nós o que somos como um povo peculiar. Não fazem a devida aplicação das Escrituras, e assim, arquitetam teorias que não são corretas. É verdade que citam quantidade de textos, e ensinam muita coisa que é verdadeira; mas a verdade estão tão misturada de erro que leva a conclusões errôneas. Todavia, como podem entremear textos escriturísticos em suas teorias, pensam que possuem uma cadeia lógica de verdade. Muitos que não tiveram uma experiência no surgimento das mensagens, aceitam essas teorias errôneas, e são induzidos a caminhos falsos, para trás, e não para a frente. Esse é o desígnio do adversário. A ameaça de textos mal aplicados ME2 111 1 Satanás trabalha para que a história da nação judaica se repita na vida dos que professam crer na verdade presente. Os judeus tinham as Escrituras do Velho Testamento, e julgavam-se familiarizados com elas. Cometeram, porém, deplorável erro. Consideravam as profecias referentes à gloriosa segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, como se referindo a Seu primeiro advento. Como Ele não viesse segundo suas expectativas, dEle se afastaram. Satanás sabia exatamente a maneira de apanhar esses homens em sua rede, enganá-los e destruí-los. ... ME2 111 2 O mesmíssimo Satanás está em atividade para minar a fé do povo de Deus neste tempo. Há pessoas prontas a apanhar toda idéia nova. As profecias de Daniel e Apocalipse são mal interpretadas. Essas pessoas não consideram que a verdade foi salientada no tempo designado pelos próprios homens a quem Deus estava dirigindo para efetuarem essa obra especial. Esses homens seguiram avante passo a passo no próprio cumprimento da profecia, e aqueles que não haviam tido uma experiência pessoal nessa obra devem tomar a Palavra de Deus e crer na "palavra deles", os que foram dirigidos pelo Senhor na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Estas mensagens, recebidas e vividas, estão fazendo sua obra para preparar um povo para subsistir no grande dia de Deus. Se examinarmos as Escrituras para confirmarmos a verdade que Deus deu a Seus servos para o mundo, seremos achados proclamando a primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. ME2 111 3 É verdade que há profecias ainda por cumprir. Mas trabalho bem errôneo tem sido feito vez após vez e continuará a sê-lo por aqueles que buscam encontrar nova luz nas profecias, e que começam por se desviar da luz que Deus já deu. As mensagens de Apocalipse 14 são aquelas pelas quais será provado o mundo; são o evangelho eterno, e devem ser proclamadas em toda parte. Mas o Senhor não põe sobre os que não tiveram uma experiência em Sua obra a responsabilidade de fazer uma nova exposição das profecias que, por meio de Seu Espírito Santo, Ele moveu Seus escolhidos servos a explicar. ME2 112 1 Segundo a luz que Deus me deu, esta é a obra que vós, irmão F, tentastes realizar. Vossos pontos de vista encontraram eco por parte de alguns; mas isso é porque essas pessoas não possuem discernimento para ver o verdadeiro propósito dos argumentos que apresentais. Não têm tido senão limitada experiência na obra de Deus para este tempo, e não vêem aonde vossos pontos de vista os levariam, e vós mesmo não vedes aonde eles haviam de levar. Eles estão prontos a assentir com vossas declarações; nada vêem nelas a não ser o que é correto. São, porém, iludidos porque entretecestes tanto da Escritura no arranjo da vossa teoria. Vossos argumentos parecem-lhes conclusivos. ME2 112 2 Não se dá o mesmo, porém, quanto aos que têm conhecimento experimental da verdade que se aplica ao último período da história terrestre. Ao passo que vêem que mantendes verdade preciosa, vêem também que haveis aplicado mal textos escriturísticos, colocando-os numa moldura de erro, em que se acham deslocados, fazendo-os dar força àquilo que não é verdade presente. Não exulteis por haverem alguns aceitado o que escrevestes. É extremamente probante para vossos irmãos que confiam em vós como cristão e que como tal vos amam, declarar-vos que o entrelaçamento do argumento, que haveis julgado de tão grande importância, não é a teoria da verdade que Deus deu a Seu povo para proclamar para este tempo. ME2 112 3 O esclarecimento que Deus me deu é que os textos escriturísticos que entretecestes, vós mesmos não compreendeis plenamente. Caso assim fosse, haveríeis de discernir que vossas teorias arrancam os próprios alicerces da nossa fé. ME2 112 4 Meu irmão, tenho tido muitos testemunhos para corrigir aqueles que começaram pelo mesmo caminho que estais trilhando. Essas pessoas pareciam certas de estar sendo dirigidas por Deus, e vinham com suas diferentes teorias a ministros que pregavam a verdade. Eu disse a esses ministros: "O Senhor não está nisto; não vos enganeis, nem tomeis a responsabilidade de enganar a outros." Em reuniões campais tive de falar claramente acerca dos que estavam assim desviando das veredas direitas. Pela pena e pela palavra, tenho dado a mensagem: "Não vades após eles." Tratando com um moribundo ME2 113 1 A mais difícil tarefa que já tive de efetuar nesse sentido, foi no tratar com uma pessoa que, eu sabia, queria seguir o Senhor. Por algum tempo ele pensara que estava recebendo nova iluminação. Estava muito doente, devendo morrer em breve. E oh! como meu coração esperava que ele não me obrigasse a dizer-lhe o que ele estava fazendo. Aqueles a quem ele apresentava seus pontos de vista escutavam-nos ansiosamente, e alguns o consideravam inspirado. Tinha feito um mapa, e argumentava pelas Escrituras para mostrar que o Senhor voltaria em determinada data, em 1894, penso. Para muitos esse raciocínio parecia perfeito. Falavam de sua poderosa exortação no quarto de doente. As mais maravilhosas cenas passavam diante dele. Mas qual era a fonte de sua inspiração? Era a morfina a ele dada para aliviar-lhe a dor. ME2 113 2 Em nossa reunião campal em Lansing, Michigan, pouco antes de eu vir para a Austrália, tive de falar francamente a respeito dessa nova luz. Disse ao povo que as palavras que haviam ouvido não eram a verdade da inspiração. A maravilhosa luz, que apresentava tal exibição de verdade, era o resultado de má aplicação da Escritura. A obra do Senhor não havia de terminar em 1894. A palavra do Senhor a mim, era: "Isto não é verdade, mas induzirá a caminhos estranhos, e alguns ficarão confundidos acerca dessa apresentação, e abandonarão a fé."... Nenhuma mensagem verdadeira fixa tempo ME2 114 3 Pessoa alguma que fixe o tempo em que Cristo deva vir ou não vir, tem mensagem verdadeira. Estai certos de que Deus não dá nenhuma autoridade de dizer que Cristo retarda Sua vinda cinco anos, dez anos, ou vinte anos. "Estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." Mateus 24:44. Esta é nossa mensagem, a própria mensagem que os três anjos voando pelo meio do céu estão proclamando. A obra a ser feita agora é a de fazer soar esta última mensagem de misericórdia a um mundo caído. Uma nova vida está vindo do Céu e tomando posse de todo o povo de Deus. Mas introduzir-se-ão divisões na igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos para a ceifa. ME2 114 1 A obra aprofundar-se-á mais e se tornará mais intensa para o fim do tempo. E todos quantos são coobreiros de Deus contenderão mais zelosamente pela fé que uma vez foi dada aos santos. Não serão desviados da mensagem presente, que já está iluminando a Terra com sua glória. Coisa alguma é digna de que por ela contendamos senão a glória de Deus. A única Rocha que há de subsistir é a Rocha dos Séculos. A verdade tal como é em Jesus é o refúgio nestes dias de erro. ... Mensagens dadas para nossa época ME2 114 2 A profecia tem estado a cumprir-se, ponto por ponto. Quanto mais firmes estivermos sob a bandeira da mensagem do terceiro anjo, tanto mais claro havemos de compreender a profecia de Daniel; pois o Apocalipse é o suplemento de Daniel. Quanto mais plenamente aceitarmos a luz apresentada pelo Espírito Santo mediante os consagrados servos de Deus, tanto mais profundas e seguras, mesmo como o trono eterno, parecerão as verdades da profecia antiga; teremos a certeza de que homens de Deus falaram segundo foram inspirados pelo Espírito Santo. Os próprios homens devem estar sob a influência do Espírito Santo a fim de compreenderem Suas declarações mediante os profetas. Essas mensagens foram dadas, não para aqueles que enunciaram as profecias, mas para nós que vivemos entre as cenas de seu cumprimento. ME2 114 3 Eu não sentiria que me era possível apresentar estas coisas, caso o Senhor me não houvesse dado essa obra a fazer. Outros há, além de vós, mais de um ou dois, que como vós, pensam que possuem nova iluminação, e estão prontos a apresentá-la ao povo. Seria, porém, agradável a Deus que eles aceitassem a luz já concedida, e nela andassem, e baseassem sua fé nas Escrituras, que apóiam a posição mantida pelo povo de Deus por muitos anos. O evangelho eterno deve ser proclamado por instrumentos humanos. Devemos fazer soar as mensagens dos anjos representados como voando pelo meio do céu, com a última advertência a um mundo caído. Se não somos chamados a profetizar, somos chamados a crer nas profecias, e a cooperar com Deus no levar a luz a outras mentes. Isto estamos procurando fazer. ME2 115 1 Podeis ajudar-nos, meu irmão, por muitas maneiras. Mas estou comissionada pelo Senhor a dizer-vos que não deveis centralizar-vos em vós mesmo. Atentai para a maneira por que ouvis, por que compreendeis e por que vos apoderais da Palavra de Deus. O Senhor vos abençoará no puxardes ombro a ombro com vossos irmãos. Aqueles a quem Ele enviou a proclamar a terceira mensagem angélica têm estado trabalhando em uníssono com os seres celestes. O Senhor não põe sobre vós a responsabilidade de proclamar uma mensagem que traga discórdia nas fileiras dos crentes. Repito, Ele não está dirigindo ninguém por Seu Espírito Santo a arquitetar uma teoria que vai perturbar a fé nas solenes mensagens que deu a Seu povo para apresentar ao mundo. ME2 115 2 Aconselho-vos a não considerar vossos escritos como preciosa verdade. Não seria aconselhável que imortalizásseis mediante a publicação na imprensa aquilo que tanta ansiedade vos tem custado. Não é vontade do Senhor que essa matéria seja apresentada ao povo, porquanto sua atuação será para prejuízo da própria mensagem de verdade que eles devem crer e praticar nestes últimos dias de perigo. ... ME2 115 3 Agitar-se-ão continuamente teorias para distrair a mente, perturbar a fé. Aqueles que tiveram a verdadeira experiência no desdobramento das profecias, foram feitos, por meio destas, aquilo que hoje são -- adventistas do sétimo dia. Devem permanecer com os lombos cingidos pela verdade, e revestidos de toda a armadura. Os que não tiveram essa experiência têm o privilégio de manter a mensagem da verdade com a mesma confiança. A luz que Deus foi servido de dar a Seu povo não lhes enfraquecerá a confiança no caminho em que Ele os conduziu no passado, mas fortalecê-los-á para conservar firmemente a fé. Precisamos manter firme o princípio de nossa confiança até ao fim. ME2 116 1 "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Aqui estamos, sob a terceira mensagem angélica. "E depois destas coisas vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante de seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até aos Céus, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela." Apocalipse 18:1-5. A mensagem do outro anjo ME2 116 2 Assim a substância da mensagem do segundo anjo é novamente dada ao mundo pelo outro anjo que iluminou a Terra com a sua glória. Essas mensagens confundem-se todas numa só, para serem apresentadas ao povo nos dias finais da história terrestre. Todo o mundo será provado, e todos os que houverem estado nas trevas do erro quanto ao sábado do quarto mandamento compreenderão a última mensagem de misericórdia que deve ser dada aos homens. ME2 116 3 Nossa obra é proclamar os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. "Prepara-te... para te encontrares com o teu Deus" (Amós 4:12), é a advertência a ser dada ao mundo. É uma advertência a nós, individualmente. Somos chamados a deixar todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia. Há uma obra para fazerdes, meu irmão -- tomar o jugo com Cristo. Assegurai-vos de que vosso edifício se encontra sobre a rocha. Não arrisqueis a eternidade numa probabilidade. Talvez não vivais para participar das cenas perigosas em que estamos agora entrando. A vida de nenhum de nós é assegurada por nenhum tempo dado. Não devíeis vigiar a todo momento? Não devíeis examinar-vos acuradamente a vós mesmo, e indagar: Que será para mim a eternidade? ME2 117 1 A grande preocupação de toda alma deve ser: Está renovado meu coração? Está minha alma transformada? Acham-se meus pecados perdoados pela fé em Cristo? Nasci eu outra vez? Estou eu atendendo ao convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei"? Mateus 11:28... Reputais todas as coisas como perda pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus? E achais ser vosso dever acreditar em toda palavra que procede da boca de Deus? -- Manuscrito 32, 1896. Duas purificações do templo -- Dois chamados a sair de Babilônia ME2 117 2 Enquanto mantiverdes firmemente a bandeira da verdade, proclamando a lei de Deus, permiti a toda alma lembrar-se de que a fé de Jesus se acha ligada aos mandamentos de Deus. O terceiro anjo é representado como voando pelo meio do céu, clamando com grande voz: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. A primeira, segunda e terceira mensagens angélicas acham-se todas ligadas entre si. As evidências da verdade permanente, sempre viva, dessas grandes mensagens que tanto significam para nós, que têm despertado tão intensa oposição do mundo religioso, não podem extinguir-se. Satanás está constantemente buscando lançar sua sombra infernal em torno dessas mensagens, de modo que o povo remanescente de Deus não distinga claramente sua importância, seu tempo e lugar; elas vivem porém, e devem exercer sua força sobre nossa experiência religiosa enquanto o tempo durar. ME2 117 3 A influência dessas mensagens tem estado a aprofundar-se e expandir-se, movimentando as molas de ação em milhares de corações, trazendo à existência instituições de ensino, casas editoras e instituições médicas; todas elas são instrumentos de Deus para cooperar na grande obra representada pelo primeiro, segundo e terceiro anjos a voarem pelo meio do céu, para advertirem os habitantes do mundo de que Cristo está para voltar com poder e grande glória. ME2 118 1 Diz o profeta: "Vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios." Apocalipse 18:1, 2. Esta é a mesma mensagem que foi dada pelo segundo anjo. Caiu Babilônia, "que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição". Apocalipse 14:8. Que é esse vinho? -- Suas doutrinas falsas. Ela deu ao mundo um sábado falso em vez do sábado do quarto mandamento, e tem repetido a mentira que Satanás disse no princípio a Eva no Éden -- a imortalidade natural da alma. Muitos erros semelhantes tem ela propagado por toda parte, "ensinando doutrinas que são preceitos dos homens". Mateus 15:9. ME2 118 2 Quando Jesus começou Seu ministério público, purificou o Templo de sua sacrílega profanação. Entre os últimos atos de Seu ministério estava a segunda purificação do Templo. Assim, na última obra para advertência do mundo, dois chamados distintos são feitos às igrejas. A mensagem do segundo anjo é: "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição." Apocalipse 14:8. E no alto clamor da mensagem do terceiro anjo ouve-se uma voz do Céu, dizendo: "Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela." Apocalipse 18:4, 5. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1892. ------------------------Capítulo 13 -- Devem cristãos ser membros de sociedades secretas? ME2 121 1 "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que, que associação tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. ME2 121 2 O preceito do Senhor: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis" (2 Coríntios 6:14), não se refere meramente ao casamento de cristãos com infiéis, mas a todas as alianças em que as partes são levadas a íntima associação, e na qual há necessidade de harmonia no espírito e na ação. O Senhor deu direção especial a Israel para se guardarem distintos dos idólatras. Eles não deviam dar-se em casamento aos pagãos nem formar com eles nenhuma confederação: "Guarda-te que não faças concerto com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti. Mas os seus altares transtornareis, e as suas estátuas quebrareis, e os seus bosques cortareis. Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso, Deus zeloso é Ele." Êxodo 34:12-14. ME2 122 1 "Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há. O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos; mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que jurara a vossos pais. ... Saberás pois que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos." Deuteronômio 7:6-9. ME2 122 2 Noutro lugar declara o Senhor pelo profeta Isaías: ME2 122 3 "Ajuntai-vos, povos, e sereis vencidos, e vós todas as terras de longe ouvi: Incorporai as vossas forças e sereis vencidos, ...; formai qualquer desígnio e sairá frustrado; proferi alguma palavra de mando, e ela não será executada; porque Deus é conosco. Porque o Senhor me diz a mim estas coisas: Assim como Ele com a mão forte me deu a instrução de que não fosse pelo caminho deste povo, dizendo: Não digais: Conspiremo-nos; porque tudo o que este povo diz é uma conspiração: E não temais o que ele teme, nem vos assusteis. Dai glória à santidade do mesmo Senhor dos exércitos: Ele seja o vosso pavor, e Ele seja o vosso terror." Isaías 8:9-13 (VF). ME2 122 4 Pessoas há que perguntam se é direito cristãos pertencerem aos Maçons e outras sociedades secretas. Considerem eles as passagens acima citadas. Se somos na verdade cristãos, precisamos sê-lo em toda parte, e considerar e dar ouvidos ao conselho dado para tornar-nos cristãos segundo a norma da Palavra de Deus. Cooperação com as agências divinas ME2 123 1 O povo de Deus na Terra são os instrumentos humanos que devem cooperar com os divinos para salvação dos homens. Às almas que se uniram a Ele, Cristo diz: "Sois um comigo, 'cooperadores de Deus'." 1 Coríntios 3:9. Deus é o grande e despercebido ator; o homem é o instrumento humilde e visível, e é unicamente em cooperação com os agentes celestes que pode fazer alguma coisa boa. É só quando a mente é iluminada pelo Espírito Santo que os homens discernem a atuação divina. E daí Satanás estar sempre procurando desviar as mentes do divino para o humano, para que os homens não cooperem com o Céu. Ele dirige a atenção para as invenções humanas, levando os homens a confiar no homem, a fazer da carne seu braço, de modo que sua fé não se apegue a Deus. ME2 123 2 "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" Mateus 6:22, 23. ME2 123 3 E quando nossa luz se tornar em trevas, como seremos uma luz para o mundo? ME2 123 4 A obra da nossa própria salvação também depende de nossa cooperação com os instrumentos divinos. Deus nos comunicou faculdades morais e susceptibilidades religiosas. Deu Seu Filho como propiciação por nossos pecados, para que pudéssemos ser reconciliados com Deus. Jesus viveu uma vida de abnegação e sacrifício, para que Lhe seguíssemos o exemplo. Deu o Espírito Santo para estar em lugar de Cristo em toda parte em que fosse necessário auxílio. Emprega os seres celestes para trazerem poder divino a fim de aliar-se a nossos esforços humanos. Precisamos, porém, aceitar o dom de Deus, precisamos arrepender-nos, e crer em Cristo. Precisamos vigiar, precisamos orar, precisamos obedecer às reivindicações de Deus. Precisamos exercer abnegação e sacrifício por amor de Cristo. Precisamos crescer em Cristo mediante contínua ligação com Ele. Seja o que for que desvie a mente de Deus para confiarmos no homem, ou conformar-nos às normas humanas, impedirá que cooperemos com Deus na obra de nossa salvação. Eis porque o Senhor proíbe Seu povo de formar alianças com os pagãos, "para que não seja por laço no meio de ti". Êxodo 34:12. Ele disse: "Pois fariam desviar teus filhos de Mim." Deuteronômio 7:4. E o mesmo princípio se aplica às associações de cristãos com os infiéis. Em relação de concerto ME2 124 1 Quando aceitamos a Cristo como nosso Redentor, aceitamos a condição de tornar-nos cooperadores de Deus. Fizemos um concerto com Ele para sermos inteiramente do Senhor; como mordomos fiéis da graça de Cristo, para trabalhar pela edificação de Seu reino no mundo. Todo seguidor de Cristo está comprometido a dedicar todas as suas faculdades de mente e alma e corpo Àquele que pagou o preço do resgate de nossa alma. Alistamo-nos para ser soldados, a entrar em serviço ativo, suportar provações, vergonha, vitupério, combater o combate da fé, seguindo o Capitão de nossa salvação. ME2 124 2 Em vossa ligação com sociedades mundanas estais vós mantendo o concerto que fizestes com Deus? Tendem essas associações a dirigir-vos a mente ou a de outros para Deus, ou estão elas afastando o interesse e a atenção dEle? Fortalecem elas vossa ligação com os instrumentos divinos, ou volvem-vos a mente para o humano em lugar do divino? ME2 124 3 Estais vós servindo, honrando e glorificando a Deus, ou O estais desonrando e pecando contra Ele? Estais vós ajuntando com Cristo, ou espalhando? Todo pensamento e plano e fervoroso interesse consagrado a essas organizações foi comprado pelo precioso sangue de Cristo; estais, porém, fazendo serviço para Ele quando vos unis com ateus e infiéis, homens que profanam o nome de Deus, bebedores, ébrios, fumantes? ME2 124 4 Se bem que haja nessas sociedades muita coisa que pareça ser boa, há, de mistura com isso, muito que neutraliza seu efeito, e torna essas associações prejudiciais aos interesses da alma. Temos outra vida, vida que não é mantida pela comida temporal. "Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus." Mateus 4:4. "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos." João 6:53. Jesus disse: "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna." João 6:54. Nosso corpo é constituído daquilo que comemos e bebemos. E como na dispensação natural, assim na espiritual; é aquilo em que nossa mente demora que sustenta a natureza espiritual. Disse nosso Salvador: "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. A vida espiritual precisa ser mantida pela comunhão com Cristo por meio de Sua Palavra. A mente precisa deter-se nela, o coração dela encher-se. A Palavra de Deus entesourada no coração e santamente nutrida e obedecida, por meio do poder da graça de Cristo pode tornar o homem justo, e justo conservá-lo; mas toda influência humana, toda invenção terrena é destituída de poder para comunicar força e sabedoria ao homem. Não pode refrear a paixão, ou corrigir a deformidade do caráter. A menos que a verdade de Deus reja o coração, a consciência é deformada. Nessas sociedades mundanas todavia a mente é desviada da Palavra de Deus. Os homens não são levados a torná-la seu estudo e o guia da vida. É Deus honrado? ME2 125 1 Pergunto-vos, a vós que encontrais prazer nessas associações, que amais o ajuntamento para condescendência com os ditos espirituosos e a alegria e o banquetear-se: Levais acaso Jesus convosco? Estais buscando salvar a alma de vossos companheiros? É este o objetivo de vossa associação com eles? Vêem e sentem eles que há em vós a encarnação viva do Espírito de Cristo? É manifesto que sois uma testemunha de Cristo, que pertenceis a um povo particular, zeloso de boas obras? É evidente que vossa vida é governada pelos preceitos divinos: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mateus 22:37), e "Amarás o teu próximo como a ti mesmo"? Mateus 19:19. Falar ao coração e à consciência dos que estão prestes a perecer, acha-se além do poder de uma pessoa que não se entrega totalmente a Cristo. Onde, porém, mostram vossa fluência e calor de expressão que se acha centralizado o vosso interesse? ME2 126 1 Quais são, nessas sociedades os assuntos preferidos de conversação? Quais os temas que excitam interesse e dão prazer? Não são eles a satisfação dos sentidos -- comer e beber e buscar os prazeres? A presença de Cristo é desconhecida nessas reuniões. Não se faz a Ele nenhuma referência. Sua presença não é desejada. Onde e quando é Deus honrado por tais associações? Em que é a alma, no mínimo, beneficiada? Caso não influencieis para o bem os vossos companheiros, não estarão eles vos influenciando para o mal? Valerá a pena deixar de lado a lâmpada da vida, a Palavra de Deus, e misturar-se à vontade com essa classe de companheiros, e chegar ao nível deles? Julgais poder encontrar alguma coisa que satisfaça a fome da alma à parte da verdade e do favor de Deus? Hão de aqueles que professam crer na verdade para este tempo sentir-se à vontade em tais cenas, quando Deus não Se encontra em todos os seus pensamentos? ME2 126 2 Nas mesmas salas em que essas sociedades têm tido suas reuniões, têm as congregações se encontrado para adorar a Deus. Podeis vós durante a hora sagrada do serviço divino esquecer as cenas de divertimento e banquetes, de condescendência com o copo de vinho? Tudo isto Deus escreve em Seu livro como intemperança. Como se harmoniza isto com as realidades eternas? Esqueceis-vos de que em todas essas reuniões de prazer há presente uma Testemunha, como no festim de Belsazar? Pudesse a cortina que nos separa do mundo invisível ser afastada, e veríeis o Salvador entristecido de ver homens absorvidos nos prazeres da mesa, na hilaridade e nos ditos chistosos, que excluem de seus pensamentos a Cristo, o centro da esperança do mundo. ME2 126 3 Os que não podem discernir entre o que serve a Deus e aquele que O não serve, podem encantar-se com essas sociedades que não têm nenhuma ligação com Deus; mas nenhum cristão sincero pode prosperar em tal atmosfera. O ar vital do Céu ali não se encontra. Sua alma está vazia, e ele se sente tão destituído do refrigério do Espírito Santo como os montes de Gilboa do orvalho e da chuva. ME2 127 1 Por vezes os seguidores de Cristo podem, por circunstâncias, ser compelidos a testemunhar cenas de prazer profano, mas fazem-no com tristeza de coração. A linguagem não é a de Canaã, e o filho de Deus nunca escolherá tais associações. Quando ele é por necessidade levado a uma sociedade não de sua escolha, apóie-se em Deus, e o Senhor o protegerá. Não deve, porém, sacrificar seus princípios em caso algum, seja qual for a tentação. Não de Cristo ME2 127 2 Cristo nunca leva Seus seguidores a fazerem votos que os una com homens que não tenham ligação com Deus, que não se encontrem sob a controladora influência de Seu Espírito Santo. A única norma correta de caráter é a santa lei de Deus, e impossível é aos que fazem desta lei a regra da vida unirem-se em confiança e fraternidade cordial com os que fazem da verdade de Deus mentira, e consideram como nada Sua autoridade. ME2 127 3 Entre o mundano e aquele que está servindo fielmente a Deus, há um grande abismo. Seus pensamentos e simpatias e sentimentos não se acham em harmonia acerca dos mais momentosos assuntos -- Deus e a verdade e a eternidade. Uma classe está amadurecendo como o trigo para o celeiro de Deus, a outra, como joio para o fogo da destruição. Como pode haver harmonia de desígnios ou de ação entre elas? ME2 127 4 "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tiago 4:4. ME2 127 5 "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:24. ME2 127 6 Devemos, porém, estar alerta quanto a condescender com um espírito de fanatismo e de intolerância. Não devemos ficar à parte dos outros num espírito que pareça dizer: "Não te chegues para mim; sou mais santo do que tu." Não vos excluais de vossos semelhantes, mas buscai comunicar-lhes a verdade preciosa que vos tem beneficiado o coração. Seja manifesto que tendes a religião do amor. ME2 128 1 "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. ME2 128 2 Se, porém, somos cristãos, tendo o Espírito dAquele que morreu para salvar os homens de seus pecados, amaremos tanto a alma de nossos semelhantes que não sancionaremos seus prazeres pecaminosos com nossa presença ou influência. Não lhes podemos aprovar a direção associando-nos com eles, participando de suas festas e seus concílios, aos quais Deus não preside. Tal orientação, longe de beneficiá-los só lhes causaria dúvidas da realidade de nossos sentimentos religiosos. Seríamos luzes falsas, levando pelo nosso exemplo almas à ruína. ME2 128 3 Li ultimamente o caso de um nobre navio que ia sulcando seu caminho através do mar, quando à meia-noite, com terrível fragor, deu de encontro a uma rocha; os passageiros despertaram para ver com horror sua desesperada condição, afundando com o navio para não mais se erguerem. O homem que estava ao leme se enganara com a luz do farol, e centenas de almas foram, sem um momento de advertência, lançadas na eternidade. Se apresentamos um aspecto de caráter que representa mal a Cristo, apresentamos uma luz falsa, e almas hão de certamente ser desencaminhadas por nosso exemplo. Perigo de desvio espiritual ME2 128 4 E cristãos que se ligam com associações mundanas estão se prejudicando a si mesmos da mesma maneira que desencaminhando a outros. Os que temem a Deus não podem escolher por companheiros os ímpios, e ficar eles próprios incólumes. Nessas sociedades eles são postos sob a influência de princípios e costumes mundanos, e mediante o poder da associação e do hábito a mente se torna mais e mais conformada às normas do mundo. Esfria seu amor para com Deus, e não têm nenhum desejo de comunhão com Ele. Tornam-se espiritualmente cegos. Não podem ver nenhuma diferença particular entre o transgressor da lei de Deus, e os que O temem e guardam os Seus mandamentos. Eles chamam ao mal bem, e ao bem mal. O esplendor das realidades eternas se esvaece. A verdade pode-lhes ser apresentada de maneira convincente, mas eles não têm fome do pão da vida, nem sede das águas da salvação. Bebem de cisternas rotas que não podem conservar as águas. Oh!, fácil coisa é, pela associação com o mundo, contagiar-se com seu espírito, ser moldado por suas maneiras de ver as coisas, de modo que não discirnamos a preciosidade de Jesus e da verdade. E justamente na medida em que o espírito do mundo habita em nosso coração, regerá ele nossa vida. ME2 129 1 Quando os homens não se acham sob o domínio da Palavra e do Espírito de Deus, são cativos de Satanás, e não sabemos a que pontos pode ele levá-los no pecado. O patriarca Jacó contemplou aqueles que encontram prazer na iniqüidade. Viu qual seria o resultado de associação com eles, e pelo Espírito, exclamou: "No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte." Gênesis 49:6. Ele ergue o sinal de perigo, para advertir toda alma contra tais associações. O apóstolo Paulo ecoa a advertência: "E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas." Efésios 5:11. "Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes." 1 Coríntios 15:33. ME2 129 2 A alma é enganada quando confia em métodos mundanos e de invenção humana em vez de pôr a confiança no Senhor Deus de Israel. Pode o homem encontrar um guia melhor que o Senhor Jesus? melhor conselheiro na dúvida ou na provação? melhor defesa no perigo? Pôr de lado a sabedoria de Deus pela sabedoria humana é um engano que destrói a alma. ME2 129 3 Se quiserdes ver o que o homem fará quando rejeita a influência da graça de Deus, olhai aquela cena na sala do julgamento, quando a turba enfurecida, tendo à testa os sacerdotes e anciãos judeus, clamavam pela vida do Filho de Deus. Vede o Sofredor divino ao lado de Barrabás, e Pilatos perguntando qual devia ele soltar-lhes. O rouco brado, avolumado por centenas de vozes inspiradas por Satanás, é: "Fora daqui com este, e solta-nos Barrabás." Lucas 23:18. E quando Pilatos perguntou o que devia ser feito com Jesus, bradaram: "Crucifica-O, crucifica-O." Lucas 23:21. ME2 130 1 A natureza humana de então é a natureza humana de agora. Sendo desprezado o Remédio divino que haveria salvado e exaltado a natureza humana, vive ainda no coração humano o mesmo espírito, e não podemos confiar em sua guia e ao mesmo tempo manter nossa lealdade para com Cristo. Deus olha abaixo da superfície ME2 130 2 Essas sociedades, que não são regidas pelo amor e o temor de Deus, não serão achadas fiéis e retas para com o homem. Muitas de suas transações são contrárias à justiça e à eqüidade. Aquele que é demasiado puro de olhos para contemplar o mal, não será, não poderá ser participante de muitas coisas que têm lugar nessas associações. Vossa própria consciência dará testemunho da veracidade do que digo. O talento e a capacidade e o poder inventivo com que Deus dotou os homens são, nessas associações, demasiadas vezes pervertidos como instrumentos de crueldade, de iniqüidade, de egoísmo na prática da fraude para com seus semelhantes. ME2 130 3 Naturalmente tudo isso é negado pelos membros dessas corporações. Deus, porém, vê por baixo da aparência aprazível, atraente, os motivos secretos, básicos, e a real atuação da associação. Ao passo que alguns deles pretendem fazer da Palavra de Deus, em certo sentido, a base de sua organização, apartam-se largamente dos princípios da justiça. Os votos impostos por algumas dessas ordens exigem o tirar a vida humana quando os segredos da ordem são divulgados. Os membros também se comprometem, sob certas circunstâncias a inocentar o culpado da merecida punição. Para com os que trabalham contra a ordem, exige-se dos membros seguir uma direção que não está absolutamente em harmonia com a lei de Deus. ME2 130 4 Não nos podemos esquivar à verdade, não nos podemos separar dos retos princípios, sem abandonar Aquele que é nossa força, nossa justiça, e nossa santificação. Devemos estar firmemente arraigados na convicção de que seja o que for que, em qualquer sentido, nos desvie da verdade e da justiça em nossa associação e parceria com os homens, não nos pode beneficiar, e desonra grandemente a Deus. Toda espécie de engano ou conivência com o pecado é aborrecível ao Senhor. ME2 131 1 A fraude permeia essas associações secretas, e ninguém pode estar ligado com elas e ser livre perante Deus e o Céu. A natureza moral é arrastada àquilo que Deus declara injusto, que é contrário a Sua vontade e aos Seus mandamentos. Uma pessoa que professa amar a Deus pode, nessas associações, ser colocada em posições que sejam consideradas honrosas, mas aos olhos de Deus está manchando sua honra como cristão, e se separando mais e mais dos princípios de justiça e verdadeira santidade. Está pervertendo suas faculdades, que foram compradas pelo sangue de Jesus. Está vendendo sua alma por nada. ME2 131 2 Na revelação de Seus justos juízos, Deus dissolverá todas essas associações; e quando se assentar o juízo e os livros forem abertos, revelar-se-á o caráter dessemelhante ao de Cristo de toda a confederação. Aqueles que preferem unir-se com essas sociedades secretas estão rendendo homenagem a ídolos tão insensíveis e destituídos de poder de beneficiar e salvar a alma, como o são os ídolos dos hindus. ME2 131 3 Essas sociedades oferecem algumas vantagens que, do ponto de vista humano parecem grandes bênçãos, mas não quando julgadas pelo padrão do Senhor. Por trás de suas aparentes vantagens ocultam-se instrumentos satânicos. Quanto maior a renda atraída ao tesouro, tanto maior e mais profundo o mal. O ganho profano que tem enriquecido essas sociedades há de, quando rastreado em todos os seus efeitos, demonstrar-se uma maldição. As palavras proferidas por Elifaz a Jó, verificam-se com respeito a essas associações: "Bem vi eu o louco 'lançar raízes'; mas logo amaldiçoei a sua habitação." Jó 5:3. Eles são as armadilhas de Satanás, sua rede para enredar as almas. Uma questão de lealdade para com Deus ME2 131 4 Muitíssimas coisas são sancionadas e mantidas pelo mundo, quando são uma ofensa ao Santo de Israel. Foi aparentemente pequenina coisa para Eva apartar-se das restrições especificadas por Deus e fazer aquilo que Ele lhe dissera que não fizesse, e para Adão o seguir-lhe o exemplo; mas essa mesma coisa fora planejada pelo arquienganador para destruir as almas dos homens mediante o levá-los a seguir suas próprias imaginações de preferência à revelada vontade de Deus. Assim, nessas associações são mantidos princípios que colocam os homens sob o poder enganoso de Satanás, desviando das seguras sendas para a rebelião contra Deus e desconsideração de Sua santa norma de justiça. "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Marcos 14:38), é a muitas vezes repetida recomendação de nosso Salvador. Vigiai, vigiai com diligência e cuidado, para que Satanás não logre enredar as almas daqueles por cujo resgate Cristo pagou o preço de Seu sangue. ME2 132 1 Deus vos chama a vós, que quereis ser filhos Seus, a proceder como sob Seu divino olhar, a adotar a santa norma de justiça. Sua justiça e Sua verdade são os princípios que devem ser estabelecidos em toda alma. Aquele que conserva sua integridade para com Deus, será reto para com os homens. Ninguém que ame verdadeiramente a Deus, exporá sua alma à tentação por amor de uma sedução de ouro e prata, de honra ou de qualquer outra vantagem terrena. "Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate de sua alma?" Marcos 8:36, 37. ME2 132 2 O cristão deve cortar todo laço que o ligue a essas sociedades secretas que não se acham sob o domínio de Deus. Eles não podem ser leais a essas organizações e leais a Deus. Ou essa ligação é cortada, ou lhes ficareis mais semelhantes, e em resultado, lhes ficareis mais plenamente unidos, e cortareis o laço que vos prende aos que amam e temem a Deus. O cristão abandonará essas coisas que são embaraço a sua espiritualidade, por maior que seja o sacrifício. Melhor é perder dinheiro, bens e a própria vida, do que pôr em risco os interesses vitais da alma. Mordomos de Deus ME2 132 3 Vós, que vos ligastes com essas sociedades secretas, estais confiando num bordão que se fará em pedaços; não confiais no Senhor Deus de Israel, buscando diligentemente saber Sua vontade e seguir em Seus caminhos. Quando inverteis dinheiro nessas organizações, agis na esperança de prover para o futuro. Tendes-lhes dado tempo e pensamento e trabalho e dinheiro, ao passo que a causa de Cristo tem sido negligenciada. Todo dólar pago a essas organizações é tão verdadeiramente desviado da causa de Deus como se fosse submerso no oceano. Não foi, porém, esse capital a vós confiado da parte de Deus para usar em Seu serviço, para salvação de vossos semelhantes? Invertê-lo naquilo em que não pode honrar a Deus ou beneficiar os homens, é estardes repetindo o pecado do servo negligente que escondeu o talento de seu Senhor na terra. ME2 133 1 O Senhor não confiara ao servo infiel um grande capital, mas um talento apenas. Aquele único talento o homem não invertera no interesse de Deus; escondeu-o na terra, queixando-se de que o Senhor era duro, ceifando onde não semeara, e ajuntando onde não espalhara. O egoísmo que ele manifestou e as queixas que fez, como se Deus houvesse de exigir dele aquilo que não tinha direito de reclamar, mostravam que ele não conhecia a Deus nem a Jesus Cristo, a quem Ele enviara. Tudo quanto ele possuía era propriedade do próprio Senhor, e fora-lhe confiado para usar para Deus. Quando ele diz: "Atemorizado, escondi na terra o Teu talento" (Mateus 25:25), reconheceu que o talento provinha de Deus. ME2 133 2 E que disse o Senhor? -- "Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei." Mateus 25:26. Aqui repete Ele as palavras do servo, não lhes reconhecendo a veracidade, mas mostrando o que, em harmonia com sua própria explicação, o servo deveria haver feito. Virtualmente, o Senhor diz: "Não fizeste nenhum esforço para negociar com o capital que te confiei, e ganhar um aumento para promover Minha glória na Terra. 'Devias então ter dado o Meu dinheiro aos banqueiros, e, quando Eu viesse, receberia o Meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver [negociado com o de Seu Senhor] até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores.'" Mateus 25:27-30. A toda alma a quem veio a luz da verdade é dada esta lição. ME2 134 1 Nunca devemos esquecer que o Senhor nos pôs em prova neste mundo, para determinar nossa aptidão para a vida futura. Não pode entrar no Céu ninguém cujo caráter esteja contaminado pela fétida mancha do egoísmo. Portanto Deus nos prova aqui mediante o confiar-nos bens temporais, para que nosso uso deles mostre se nos podem ser confiadas riquezas eternas. Unicamente à medida que a vida abnegada de Cristo se reflete em nossa vida é que podemos estar em harmonia com o Céu, e estar aptos a entrar lá. Onde estamos nós colocando nosso tesouro? ME2 134 2 A grande preocupação e ambição do mundo, porém, é obter vantagens materiais, temporais, com negligência dos bens espirituais. Assim acontece com alguns membros da igreja. Quando afinal eles forem chamados a prestar contas a Deus, não somente ficarão envergonhados, mas surpreendidos de não haverem discernido as riquezas reais, e de não haverem depositado tesouro nos Céus. Fizeram suas dádivas e ofertas aos inimigos da verdade, esperando que viesse tempo nesta vida em que haveriam de receber os dividendos pelo que haviam invertido. Puderam confiar seus meios a sociedades secretas, mas quando a causa de Deus se encontra em necessidade dos meios que Ele confiou a Seus instrumentos humanos, estes não têm interesse, não consideram o dom que o Senhor lhes concedeu. Estão cegados pelo deus deste mundo. ME2 134 3 Eles dizem: "Não tenho nada a dar a esse empreendimento; pois não receberei dividendos. Pagando à loja, estou provendo para o futuro e, além disso, preciso pagar minha parte pelos entretenimentos que me satisfazem ao gosto. Não posso desistir desses prazeres. Por que a igreja se volta para mim no sentido de ajudar a satisfazer a esses reiterados pedidos? 'Senhor, eu conhecia-Te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o Teu talento' (Mateus 25:24, 25), esperando que um dia eu fosse beneficiado por ele." ME2 135 1 Manda-nos o Salvador: "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Mateus 6:19-21. ME2 135 2 Muitos estão depositando seu tesouro nessas sociedades secretas, e não podemos ver que seu coração está ali? Por mais poderosas que sejam as provas da verdade, ela perde pouco a pouco seu brilho, perde sua força, o Céu se desvanece da mente, o eterno peso de glória, o dom de Deus para uma vida de obediência, afiguram-se assunto que não merece atenção ao compararem-se com os supostos proveitos a serem fruídos pelo ajuntar tesouros terrenos. Almas estão à míngua do pão e da água da vida; mas que é isso para aquele cujo coração está neste mundo? Muitos homens estão a dizer por suas ações, se não por palavras: "Não posso abandonar meu interesse nos tesouros do mundo, para assegurar o eterno. A vida futura é muito remota para que eu conte com ela. Prefiro os bens terrenos, e correrei o risco do futuro. Deus é bom e misericordioso." Negligente servo! Vossa parte será certamente indicada juntamente com os hipócritas e os incrédulos se continuardes a seguir essa direção. O fascínio da sala do clube, as ceias e os companheiros amantes do mundo, têm levado, como fez o festim de Belsazar, ao esquecimento de Deus, e a desonrar o Seu nome. Cooperareis com Deus? ME2 135 3 Há sobre o espírito humano uma cegueira que é voluntária. Jesus disse: "O coração deste povo está endurecido, e ouviram de malgrado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e Eu os cure." Mateus 13:15. A obra de Deus pela salvação dos homens é a obra de suprema importância a ser levada avante no mundo; muitos, porém, não vêem isto, porque seu interesse se encontra mais nas fileiras do inimigo do que com os leais soldados de Cristo. Não vêem a necessidade da cooperação do instrumento humano com o divino. O Senhor nos ordenou: "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. Este é o plano que Deus nos revelou a fim de guiar-nos em todos os planos e desígnios da vida. Mas enquanto os homens oram: "Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu" (Mateus 6:10), muitos rejeitam os próprios meios pelos quais Deus quer estabelecer Seu reino. ME2 136 1 Quando eles estiverem dispostos a reputar tudo como perda para que possam ganhar a Cristo, seus olhos se abrirão para ver as coisas como em realidade são. Então eles se hão de afastar das atrações terrenas para as celestiais. Hão de ver então a verdadeira natureza dos gozos mundanos, egoístas que agora tão alto prezam, e essas coisas agora tão caras para eles serão abandonadas. ME2 136 2 Todo o Céu vos contempla, a vós que professais crer na mais sagrada verdade que já foi confiada a mortais. Anjos esperam com ansioso desejo cooperar convosco na obra da salvação de almas. Recusareis essa aliança celeste a fim de manterdes vossa ligação com sociedade em que Deus não é honrado, onde Seus mandamentos são pisados? Como vos haveria a verdade sido trazida, caso outros houvessem sentido tão pouco interesse em sua propagação como alguns de vós manifestam? A causa de Deus requer nosso auxílio a fim de ser estabelecida nas devidas bases, e para que a verdade seja levada a novos campos, aos que estão prestes a perecer. Podeis vós, que professais ser filhos de Deus, recusar-vos a ajudar nesta obra? Haveis de, para receber os lucros terrenos, reter vossos meios dos tesouros de Deus, e deixar que Sua obra seja vergonhosamente negligenciada? É entristecedor considerar o que poderia haver sido realizado na salvação de almas caso o coração e o serviço de todos os que professam crer na verdade se houvessem, de coração inteiro, dado ao Senhor. A obra tem sido feita negligentemente. Estivesse o próprio eu escondido em Cristo, os pecadores poderiam, mediante métodos sábios, engenhosos, haver sido ganhos para a verdade, e estar hoje cooperando com Deus. ME2 137 1 Agora, antes que chegue o tempo em que tenhais de prestar contas a Deus, insisto em que deis ouvidos a Sua palavra: "Ajuntai para vós" "tesouro nos Céus" (Mateus 6:20; Lucas 12:33), não em sociedades secretas. Considerai que há unicamente um Proprietário do Universo, e que todo homem, com seu tempo, intelecto, recursos, pertence Aquele que pagou o resgate da alma. Deus tem justo direito ao constante serviço e suprema afeição. A vontade de Deus, não vosso prazer, deve constituir vosso critério. E ainda que devais acumular menos rapidamente uma fortuna, estareis ajuntando um tesouro no Céu. Quem da igreja está resolvido a manter sua espiritualidade? Quem desenvolverá uma experiência que revele fervor cristão, perseverante energia? Quem, como Jesus, não fracassará nem ficará desanimado, não em agarrar meios para o serviço do próprio eu, mas em trabalhar juntamente com Deus? ME2 137 2 Todo aquele que está se esforçando pela coroa da vida eterna será tentado como o foi seu Mestre antes dele. A Ele foram oferecidos os reinos do mundo, se rendesse homenagem a Satanás. Houvesse Cristo cedido à tentação, o mundo haveria passado para sempre ao domínio do maligno. Mas, graças a Deus, Sua divindade irradiou através da humanidade. Ele fez aquilo que todo ser humano pode fazer no nome e na força de Jesus. Disse: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Mateus 4:10. Se essa for a maneira por que enfrenteis a tentação, Satanás vos deixará, como deixou a Cristo, e anjos vos servirão, como a Ele serviram. ME2 137 3 Aos que têm pensado e falado das grandes vantagens a serem obtidas mediante associações mundanas, declara o Senhor, mediante o profeta Malaquias: ME2 137 4 "As vossas palavras foram agressivas para Mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra Ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus. Que nos aproveitou termos cuidado em guardar os Seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao Senhor, e escapam." Malaquias 3:13-15. ME2 138 1 Tais são os pensamentos de muitos, ainda que as palavras não sejam proferidas. ME2 138 2 "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dEle, para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não serve. Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo." Malaquias 3:16 a 4:1. ME2 138 3 Aí estão as pessoas que no mundo são consideradas grandemente favorecidas; mas vem um tempo em que os filhos de Deus são distinguidos como aqueles que são honrados por Deus porque eles O honraram. ME2 138 4 "Vede quão grande caridade [amor] nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro." 1 João 3:1-3. O melhor caminho ME2 138 5 Ao passo que as honras e riquezas e poder temporais são o grande objeto da ambição dos homens deste mundo, o Senhor indica alguma coisa mais digna de nossas mais altas aspirações: ME2 139 1 "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que visitarei a todo o circuncidado com o incircunciso." Jeremias 9:23-25. ME2 139 2 "Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa; mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina; e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:6-9. ME2 139 3 "Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo. E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação; sabendo que não foi com coisas corruptíveis como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais. Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado." 1 Pedro 1:13-19. -- Folheto publicado em 1898, Should Christians Be Members of Secret Societies? Não podem receber o selo de Deus ME2 140 1 Aqueles que se acham sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel, não se podem unir aos Maçons ou a outra qualquer organização secreta. O selo do Deus vivo não será colocado em ninguém que mantenha tal ligação depois que a luz da verdade fulgiu em seu caminho. Cristo não está dividido, e os cristãos não podem servir a Deus e a Mamom. Diz o Senhor: "Saí do meio deles, e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:17, 18. -- Carta 21, 1893. ------------------------Capítulo 14 -- Evitando conflitos trabalhistas ME2 141 1 Bem depressa se aproxima o tempo em que o poder controlador dos sindicatos será muito opressivo. Repetidas vezes tem o Senhor dado instruções de que nosso povo deve tirar suas famílias das cidades para o campo, onde poderão cultivar seu próprio mantimento; pois no futuro o problema de comprar e vender será bem sério. Devemos começar, agora, a atender às instruções que amiúde nos têm sido dadas: "Saí das cidades para as zonas rurais, onde as casas não são aglomeradas, e onde estareis livres da interferência dos inimigos." -- Carta 5, 1904. Evitar as lutas partidárias ME2 141 2 Têm-se os homens aliado para se oporem ao Senhor dos exércitos. Essas alianças continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessão diante do trono da graça, e ponha as vestes de vingança. Em cada cidade há agentes satânicos organizando, afanosamente, em partidos os que se opõem à lei de Deus. Professos santos e descrentes confessos tomam posição ao lado desses partidos. Não é este o tempo de o povo de Deus mostrar-se pusilânime. Não nos podemos permitir estar fora de guarda um só momento. -- Testimonies for the Church 8:42 (1904). ME2 142 1 Os sindicatos serão um dos instrumentos que trarão sobre a Terra um tempo de angústia tal como nunca houve desde o princípio do mundo. -- Carta 200, 1903. Conflitos entre os sindicatos patronais e o operariado ME2 142 2 A obra do povo de Deus é preparar-se para os acontecimentos futuros, que logo lhes sobrevirão com força assombrosa. Formar-se-ão no mundo gigantescos monopólios. Os homens se unirão em sindicatos que os envolverão nas malhas do inimigo. Alguns homens combinarão segurar todos os meios que se possam obter em certos ramos de negócio. Formar-se-ão sindicatos, e os que a eles se recusam unir serão homens marcados. -- Carta 26, 1903. Preparando-se para o acontecimento ME2 142 3 Os sindicatos e confederações do mundo são uma armadilha. Conservai-vos fora, e longe deles, irmãos. Nada tenhais a ver com eles. Por causa dessas uniões e confederações, logo será muito difícil nossas instituições levarem avante seu trabalho nas cidades. Minha advertência é: Conservai-vos fora das cidades. Não edifiqueis sanatórios nas cidades. Educai nosso povo a sair das cidades para o campo, onde possam obter um pequeno pedaço de terra, e fazer um lar para si e para seus filhos. ... ME2 142 4 Nossos restaurantes devem estar nas cidades; pois de outra maneira os obreiros desses restaurantes não poderiam alcançar o povo e ensinar-lhe os princípios do viver sadio. E, no presente, temos de ocupar casas de culto nas cidades. Mas dentro em breve haverá tal luta e confusão nas cidades, que os que as quiserem abandonar não o poderão fazer. Devemos estar preparando-nos para esses acontecimentos. Essa é a luz que me é dada. -- The General Conference Bulletin, 6 de Abril de 1903. Para preservar nossa individualidade ME2 143 1 Durante anos me foi ministrada revelação especial acerca de nosso dever de não centralizar a nossa obra nas cidades. O bulício e confusão que enchem essas cidades, as condições que nelas criam as uniões trabalhistas e as greves, tornar-se-ão grande desvantagem para a nossa obra. Buscam os homens conseguir que os elementos empenhados em diferentes profissões se filiem a certas uniões. Esse não é o plano de Deus, mas de um poder que não devemos jamais reconhecer. A Palavra de Deus se está cumprindo; estão-se os ímpios ajuntando em molhos, prontos para serem queimados. ME2 143 2 Devemos empregar agora toda a capacidade que nos foi confiada, no sentido de transmitir para o mundo a grande mensagem de advertência. Nesta obra, cumpre-nos preservar a nossa individualidade. Não nos devemos associar a sociedades secretas nem a uniões trabalhistas. Devemos permanecer livres perante Deus, à espera constante de instruções de Cristo. Todos os nossos atos deverão ser exercidos com a convicção da importância da obra a ser feita para Deus. -- Testemunhos Selectos 3:115. Em desrespeito ao decálogo ME2 143 3 Essas uniões são um dos sinais dos últimos dias. Os homens se estão unindo em feixes prontos a ser queimados. Podem eles ser membros da igreja, mas enquanto pertencerem a essas uniões, possivelmente não poderão observar os mandamentos de Deus, pois pertencer a essas uniões significa desrespeitar todo o Decálogo. ME2 143 4 "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27. Estas palavras resumem todo o dever do homem. Significam a consagração de todo o ser, corpo, alma e espírito, ao serviço de Deus. Como podem os homens obedecer a essas palavras e ao mesmo tempo comprometer-se a apoiar aquilo que priva seus vizinhos da liberdade de ação? E como podem os homens obedecer a essas palavras e formar combinações que roubam às classes mais pobres as vantagens que justamente lhes pertencem, privando-as de comprar ou vender, exceto sob certas condições? -- Carta 26, 1903. Uniões formadas ou que ainda se formarão ME2 144 1 Aqueles que pretendem ser filhos de Deus, em caso algum devem unir-se às uniões trabalhistas já formadas, ou que ainda se formarão. Isto Deus proíbe. Não podem os que estudam as profecias ver e compreender o que adiante de nós está? -- Carta 201, 1902. ------------------------Capítulo 15 -- Ouvir-se-ão admoestações ME2 147 1 Vivemos nos últimos dias da história terrestre, e é possível que não nos surpreendamos com coisa alguma no que respeita a apostasias e negações da verdade. A incredulidade tornou-se agora uma fina arte em que os homens trabalham para destruição das próprias almas. Há constante perigo de haver falsas aparências nos pregadores do púlpito, cuja vida contradiz as palavras que proferem; mas a voz da advertência e da admoestação será ouvida enquanto o tempo durar; e aqueles que estiverem culpados de transações em que nunca devemos entrar, quando reprovados ou aconselhados mediante os instrumentos designados pelo Senhor, resistirão à mensagem e se recusarão a ser corrigidos. Irão avante como fizeram Faraó e Nabucodonosor, até que o Senhor lhes tire a razão, e seu coração se torne insusceptível à impressão. A palavra do Senhor virá a eles; caso, porém, prefiram não lhe dar ouvidos, o Senhor os tornará responsáveis por sua própria ruína. ME2 147 2 Em João Batista suscitou o Senhor para Si um mensageiro a fim de preparar o caminho para Ele. Esse mensageiro devia dar ao mundo resoluto testemunho no reprovar e acusar o pecado. Anunciando sua missão e obra, diz Lucas: "E irá adiante dEle no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto." Lucas 1:17. ME2 148 1 Muitos dos fariseus e saduceus foram ao batismo de João, e dirigindo-se a esses, ele disse: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi pois frutos dignos de arrependimento; e não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas Aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em Sua mão tem a pá, e limpará a Sua eira, e recolherá no celeiro o Seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará." Mateus 3:7-12. ME2 148 2 A voz de João erguia-se qual trombeta. Sua comissão era: "Anuncia a Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. Ele não obtivera nenhuma cultura humana. Deus e a Natureza haviam sido seus mestres. Era, porém, necessário para preparar o caminho adiante de Cristo alguém que fosse bastante ousado para fazer sua voz ouvida como os profetas de outrora, chamando a nação degenerada ao arrependimento. Ouvido por todas as classes ME2 148 3 E todos iam ao deserto para ouvi-lo. Iletrados pescadores e camponeses vinham dos arredores e das regiões próximas e distantes. Os soldados romanos dos quartéis de Herodes vinham ouvir. Capitães vinham com suas espadas ao lado, para abafar qualquer coisa que tivesse visos de motim ou de rebelião. Os avarentos coletores de impostos vinham das regiões circunvizinhas; e do Sinédrio vinham os sacerdotes com suas filactérias. Ouviam todos, como estupefatos; e saíam todos, mesmo os fariseus e os saduceus, e os frios e impassíveis zombadores do século, sem mais riso escarninho, pungidos até ao coração pelo senso de seus pecados. Não havia nada de longos argumentos, nem teorias belamente traçadas, elaboradamente expressas em seus "primeiramente", "em segundo lugar" e "em terceiro lugar". Mas era revelada pura e natural eloqüência nas sentenças breves, levando cada palavra em si a certeza e verdade das sérias advertências feitas. ME2 149 1 A mensagem de advertência de João era no mesmo sentido daquela dada a Nínive: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida." Jonas 3:4. Nínive arrependeu-se, e clamou a Deus, e Ele os aceitou ao reconhecerem-nO. Quarenta anos de graça lhes foram concedidos para manifestarem a genuinidade de seu arrependimento e se desviarem do pecado. Nínive, porém, volveu ao culto das imagens; sua iniqüidade tornou-se mais profunda e mais sem esperança que dantes, porque a luz viera e não a haviam atendido. ME2 149 2 João chamava cada classe ao arrependimento. Aos fariseus e saduceus, disse ele: Fugi da ira futura. Vossas pretensões a Abraão como pai não têm o mínimo valor. Elas não vos comunicam princípios puros e santidade de caráter. Os sacrifícios cerimoniais não possuem valor algum a menos que lhes discirnais o objetivo, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Desviais-vos das reivindicações de Deus e seguis vossas próprias idéias pervertidas; e perdeis aqueles característicos que vos constituem filhos de Abraão. ME2 149 3 E apontando às pedras em selvática desordem ao redor, por entre as quais a corrente serpeava em seu curso, disse ele: "Mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão." Mateus 3:9. ME2 149 4 João Batista enfrentava com franca reprovação, o pecado em homens de humilde posição e nos que ocupavam postos elevados. Declarava a verdade a reis e nobres, quer o ouvissem, quer o rejeitassem. Falava individual e incisivamente. Reprovava os fariseus do Sinédrio porque sua religião consistia em formas e não em justiça de obediência pura e voluntária. ... Falava a Herodes quanto a seu casamento com Herodias, dizendo: Não te é lícito possuí-la. Falou-lhe da retribuição futura, quando Deus havia de julgar a cada um segundo as suas obras. ... ME2 150 1 "E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram: Mestre, que devemos fazer?" Lucas 3:12. Disse ele: Deixai as vossas taxas e a alfândega? Não, disse-lhes: "Não peçais mais do que o que vos está ordenado." Lucas 3:13. Se eles continuassem a ser cobradores de impostos, poderiam manter pesos justos e justas balanças de verdade nas mãos. Poder-se-iam reformar naqueles pontos em que havia traços de desonestidade e opressão. ME2 150 2 "E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo." Lucas 3:14. ... A espada da verdade em ação ME2 150 3 Cristo também falava diretamente a cada classe de homens. Ele reprovou aos que dominavam sobre seus semelhantes, aqueles cujas paixões e preconceitos davam lugar a que muitos errassem e compeliam muitos a blasfemar de Deus. A espada da verdade estava embotada por desculpas e suposições; mas Cristo chamava as coisas por seu justo nome. O machado estava posto à raiz da árvore. Ele mostrou que todas as formalidades do culto não podiam salvar a nação judaica, porque eles não contemplavam nem recebiam pela fé o Cordeiro de Deus como seu Salvador. ME2 150 4 Obra e mensagem iguais às de João serão levadas avante nestes últimos dias. O Senhor tem estado a dar mensagens a Seu povo, mediante os instrumentos de Sua escolha, e quer que todos dêem atenção às admoestações e advertências que Ele envia. ME2 150 5 A mensagem que precedeu o ministério público do Filho de Deus, foi: Arrependei-vos, publicanos; arrependei-vos, fariseus e saduceus, "porque é chegado o reino dos Céus". Mateus 3:2. Nossa mensagem não deve ser de "paz e segurança". 1 Tessalonicenses 5:3. Como um povo que acredita na próxima vinda de Cristo, temos uma obra a fazer, uma mensagem a apresentar -- "Prepara-te... para te encontrares com o teu Deus". Amós 4:12. Devemos erguer o estandarte, e dar a terceira mensagem angélica -- os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus. A mensagem para hoje ME2 151 1 A mensagem que damos deve ser tão direta quanto a de João. Ele censurou a reis por sua iniqüidade. Repreendeu o adultério de Herodes. Não obstante estar em risco a sua vida, não lhe esmoreceu nos lábios a verdade. E importa que nossa obra para este século seja feita com igual fidelidade. Os habitantes do mundo hoje são representados pelos que viviam na Terra ao tempo do dilúvio. A impiedade dos habitantes do velho mundo é positivamente declarada: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a Terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente." Gênesis 6:5. Deus Se cansou dessa gente cujos pensamentos eram só de prazer e satisfação própria. Não buscavam o conselho do Deus que os criara, nem se importavam de fazer Sua vontade. A repreensão de Deus estava sobre eles por seguirem continuamente a imaginação de seus corações; e havia violência na Terra. "Então arrependeu-Se o Senhor de haver feito o homem sobre a Terra, e pesou-Lhe em Seu coração." "E viu Deus a Terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a Terra. Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a Minha face, porque a Terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a Terra." Gênesis 6:6, 12, 13. ... ME2 151 2 Há deveres especiais a serem cumpridos, especiais reprovações a serem feitas neste período da história terrestre. O Senhor não deixará Sua igreja sem reprovações e advertências. Os pecados tornaram-se moda; não são, porém, menos ofensivos aos olhos de Deus. Eles são favoravelmente explicados, paliados e desculpados; estende-se a destra da comunhão aos próprios homens que estão introduzindo falsas teorias e sentimentos, confundindo a mente do povo de Deus, amortecendo suas sensibilidades quanto ao que constitui os retos princípios. A consciência se tem assim tornado insensível aos conselhos e reprovações que têm sido dados. A luz comunicada, chamando ao arrependimento, tem-se extinguido nas nuvens da incredulidade e da oposição introduzidas por planos humanos e humanas invenções. ME2 152 1 É vida fervorosa que Deus requer. Podem ministros ter pouco saber vindo dos livros; se, porém, fazem o melhor que lhes é possível com seus talentos, se trabalham segundo suas oportunidades, se revestem suas declarações da linguagem mais simples e clara, se são homens humildes que andam cuidadosa e humildemente, buscando sabedoria do Alto, trabalhando de coração para Deus, atuados por um motivo predominante -- amor por Cristo e as almas por quem Ele morreu -- serão escutados mesmo por homens de capacidade e talentos superiores. Haverá atrativo na simplicidade das verdades que eles apresentam. Cristo é o maior dos mestres que o mundo já conheceu. ME2 152 2 João não aprendeu nas escolas dos rabis. Todavia reis e nobres, fariseus e saduceus, soldados romanos e oficiais exercitados em toda a etiqueta da corte, espertos e calculistas coletores de impostos e homens de renome mundial, deram ouvidos às suas palavras. Tinham confiança em suas declarações simples, e foram convencidos de pecado. Perguntavam-lhe: "Que faremos?" Lucas 3:14. ... É necessário fervor ME2 152 3 Neste século, justamente antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu, o Senhor chama homens que sejam fervorosos e preparem um povo que subsista no grande dia do Senhor. Os homens que passaram longos períodos em estudos dos livros, não estão manifestando em sua vida aquele zeloso ministério essencial para este último tempo. Não dão um testemunho simples, direto. Há necessidade, entre ministros e alunos, do derramamento do Espírito de Deus. Os fervorosos apelos secundados de oração que partem do coração de um mensageiro que nisso põe toda a alma, cria convicções. Não são necessários homens letrados para isto fazerem; pois eles dependem mais de sua instrução livresca do que de seu conhecimento de Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou. Todo aquele que conhece o único Deus vivo e verdadeiro conhecerá a Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, e pregará a Jesus Cristo, e Ele crucificado. ... ME2 152 4 Supõe acaso alguém que as mensagens de advertência não vêm àqueles a quem Deus reprova? Os que são reprovados podem erguer-se indignados e procurar fazer com que a lei caia sobre o mensageiro de Deus, mas assim fazendo, não estão fazendo com que ela caia sobre o mensageiro, mas sobre Cristo, que deu a repreensão e a advertência. Quando os homens põem em perigo a obra e a causa de Deus por sua maneira errada de agir, não ouvirão nenhuma voz de reprovação? Caso só o que procede mal fosse atingido, e a obra não alcançasse mais longe, ele somente receberia as palavras de advertência; quando, porém, sua maneira de agir está trazendo positivo dano à causa da verdade, e almas estão sendo postas em risco, Deus requer que a advertência seja tão ampla quanto o dano ocasionado. Os testemunhos não serão entravados. As palavras de repreensão e advertência, o positivo "Assim diz o Senhor", virá dos instrumentos designados por Deus; pois as palavras não se originam nos agentes humanos; elas vêm de Deus, que lhes designou sua obra. Se um processo é instaurado em tribunais terrestres, e Deus permite que venha a juízo, é que Seu nome pode ser glorificado. É, entretanto, proferido um ai sobre o homem que se entrega a essa obra. Deus lê os motivos, sejam eles quais forem. Oro para que o Senhor ensine nossos irmãos a serem corretos, e a não transigirem na questão. A causa de Deus tem sido contundida e ferida por quaisquer homens dessa espécie que a ela se achem ligados, e quanto mais depressa eles forem dela separados, melhor. ... ME2 153 1 Deus pede homens de decidida fidelidade. Não há utilidade, para Ele, em uma emergência, para homens de duplicidade. Quer homens que ponham as mãos numa ação errada e digam: "Isto não está segundo a vontade de Deus." -- Carta 19, 1897. ------------------------Capítulo 16 -- A obra vitalícia de Cristo e a nossa ME2 154 1 Lemos acerca de Alguém que andou na Terra em mansidão e humildade, que "andou fazendo bem" (Atos dos Apóstolos 10:38), que passou a vida em amorável serviço, confortando os aflitos, servindo aos necessitados, erguendo os abatidos. Ele não tinha lar neste mundo, a não ser o que Lhe proporcionava a bondade de Seus amigos como um caminheiro. Todavia era Céu estar em Sua presença. Dia a dia enfrentava Ele provas e tentações, no entanto não falhava nem era vencido de desânimo. Achava-Se rodeado pela transgressão, ainda assim guardava os mandamentos de Seu Pai. Era sempre paciente, e alegre, e os aflitos O aclamavam como mensageiro de vida, e paz e saúde. Via as necessidades de homens e mulheres, e a todos fazia o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. ME2 154 2 Que exemplo nos legou Cristo na obra de Sua vida! Quem, dentre Seus filhos, está vivendo como Ele o fez, para glória de Deus? Ele é a luz do mundo, e o que trabalha com êxito para o Mestre precisa acender sua vela na Sua divina vida. ME2 155 1 Disse Cristo a Seus discípulos: "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido,... para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." Mateus 5:13. Quão cuidadosos devemos ser então para seguir o exemplo de Cristo no trabalho de nossa vida! A menos que isto façamos, somos inúteis para o mundo -- sal que se tornou insípido. ... ME2 155 2 Deus emprega diversidade de talentos em Sua causa. Promove Sua obra a favor da igreja mediante variedade de instrumentos. Homem algum que deseje tornar-se na igreja o único mestre está trabalhando para Deus. Ninguém que diga: "Quero que só a minha influência se faça sentir na igreja que dirijo", está fazendo sua luz brilhar por Deus. Os que são descorteses com seus companheiros de trabalho precisam dar contas a Deus. Excluem, por sua influência, a luz que Deus deseja que o povo tenha. Manifestam um espírito que Deus não endossa. Cristo o modelo ME2 155 3 Cristo foi enviado ao mundo a fim de cuidar dos interesses de Seu Pai. É nosso modelo em tudo. A variedade de Seu ensino é uma lição que precisamos aprender. ME2 155 4 Nem todos os obreiros são iguais na compreensão e experiência ou no modo de ministrar a Palavra. Alguns estão continuamente participando da carne e do sangue de Cristo. Comem as folhas da árvore da vida. São contínuos estudantes na escola de Cristo. Fazem progressos diários na bondade, e adquirem uma experiência que os habilita a trabalhar com o Mestre. Sua influência é um cheiro de vida para vida. São de mente tão espiritual, que discernem as coisas espirituais. A Bíblia é seu estudo. Revistas, jornais e livros que não tratem de nada celeste ou divino, não os atraem. A Palavra de Deus, porém, aumenta de contínuo em preciosidade para eles. Deus Se aproxima e lhes fala em linguagem que não pode ser mal compreendida. ME2 155 5 Outros há que não aprenderam a fixar a mente com tanta intensidade nas Escrituras que dela extraiam cada dia nova provisão de graça. ME2 156 1 Alguns homens têm uma mensagem especial do Céu. Devem ser enviados a despertar o povo, não a ficarem adejando em redor das igrejas para seu próprio detrimento e obstáculo à obra de Deus. Não faz nenhum bem a uma igreja ter dois ou três ministros a seu serviço. Fossem esses ministros para fora a trabalhar pelos que se encontram em trevas, e seu labor mostraria alguns resultados. Tomem os homens de experiência os jovens que se estão preparando para o ministério e saiam para novo território a proclamar a mensagem de advertência. ME2 156 2 Os que crêem na verdade serão grandemente abençoados ao comunicarem as bênçãos que Deus lhes tem dado, fazendo sua luz brilhar em boas obras. Ao deixarem eles sua luz brilhar pela piedade pessoal, revelando princípios sãos em toda transação de negócios, eles ampliarão os princípios da lei de Deus. Deus chama Seus obreiros a conquistarem novo território para Ele. Devemos, com intenso zelo trabalhar por aqueles que se acham sem esperança e sem Deus no mundo. Há ricos campos de labuta à espera do obreiro fiel. ME2 156 3 Os obreiros da causa de Deus devem inclinar-se diante dEle em humilde e fervorosa oração, e então sair, Bíblia na mão, para despertar os sentidos embotados daqueles que são representados na Palavra como mortos em ofensas e pecados. Os que fazem essa obra serão grandemente abençoados. Os que conhecem a verdade devem fortalecer-se uns aos outros, dizendo aos ministros: "Ide aos campos da seara em nome do Senhor, e nossas orações vos acompanharão como afiadas foices." Assim nossas igrejas devem dar decidido testemunho em favor de Deus, e trazer-Lhe também suas dádivas e ofertas, para que os que saem para o campo tenham com que trabalhar pelas almas. ME2 156 4 Quem está a trabalhar fielmente pelo Mestre neste século do mundo, quando a corrupção da Terra se encontra a par com a de Sodoma e Gomorra? Quem está ajudando os que o rodeiam a ganhar a vida eterna? Estamos nós purificados e santificados, aptos a ser usados pelo Senhor como vasos para honra? Lembrar-se-á agora todo membro da igreja de que a deformidade não provém de Deus? O Ser Divino deve ser adorado na beleza da santidade; porque Ele é excelente em majestade e poder. ... ME2 157 1 Deus deseja que Seu povo mostre por sua vida a vantagem do cristianismo sobre a mundanidade. Devemos viver de tal maneira que Deus nos possa usar em Sua obra da conversão de homens e mulheres e de levá-los a lavar suas vestes de caráter e branqueá-las no sangue do Cordeiro. Somos feitura Sua, "criados em Cristo Jesus para as boas obras". Efésios 2:10. Por nosso intermédio deseja Deus revelar Sua multiforme sabedoria. Portanto Ele nos manda fazer a nossa luz brilhar em boas obras. -- Manuscrito 73a, 1900. As sombras de Satanás ME2 157 2 Conservai em mente que jamais virá tempo em que a sombra de Satanás não se atravesse em nosso caminho, para obstruir-nos a fé e eclipsar a luz que vem do Sol da Justiça. Importa que nossa fé não vacile, mas penetre através dessa sombra. Temos uma experiência que não deve ser sepultada nas trevas da dúvida. Nossa fé não está no sentimento, mas na verdade. Nenhum de nós se deve lisonjear com a idéia de que, enquanto o mundo vai progredindo na impiedade, nós não hajamos de ter dificuldades. ME2 157 3 São essas próprias dificuldades que nos levam à câmara de audiência do Altíssimo, a buscar conselho dAquele que é sabedoria infinita. Ele Se compraz em que O busquemos; apraz-Lhe confiarmos nEle e crer em Sua Palavra. Caso não tivéssemos perplexidades, provas, tornar-nos-íamos presunçosos e exaltados em nós mesmos. Os verdadeiros santos serão purificados, e branqueados, e provados. -- Carta 58, 1900. ------------------------Capítulo 17 -- União e devoção ME2 158 1 O Senhor designou que Sua obra avance em sentido missionário de tal maneira que estenda o conhecimento da verdade para estes últimos dias. Aqueles que deviam haver estado de todo alerta para ver a grande, grandiosa obra a ser feita pelo povo que são portadores do sinal de Deus segundo é apresentado em Êxodo 31:12-18, têm estado certamente sob uma ilusão. ME2 158 2 O Senhor deseja mordomos fiéis para medirem os campos a serem trabalhados, servindo-se depois sabiamente de Seus meios no promover a obra nesses campos. Deus tem um povo e um ministério, os quais devem cooperar com Ele. ... ME2 158 3 O Senhor operará em favor de Seu povo, uma vez que este se submeta à operação do Espírito Santo em si, não pensando que eles devem operar o Espírito Santo. "Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor teu Deus pede de ti, senão que temas o Senhor teu Deus, que andes em todos os Seus caminhos, e O ames, e sirvas ao Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor, e os Seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?" Deuteronômio 10:12, 13. ... ME2 158 4 Os ministros de Deus têm a fazer soleníssima e sagrada obra no mundo. O fim está perto. A mensagem da verdade precisa ir avante. Como fiéis pastores do rebanho, os servos de Deus devem dar claro e vigoroso testemunho. Não deve haver perversão da verdade. A graça divina nunca desvia da misericórdia e do amor de Deus. É o poder de Satanás que faz isto. Quando Cristo pregava, Sua mensagem era qual espada aguda, de dois gumes, penetrando a consciência dos homens e revelando-lhes os mais íntimos pensamentos. A obra feita por Cristo terão de fazer Seus fiéis mensageiros. Devem pregar a Palavra em simplicidade, pureza, e na mais estrita integridade. Os que trabalham na palavra ou doutrina, devem ser fiéis a seu encargo. Devem velar pelas almas como quem por elas tem de dar contas. Nunca devem revestir um "Assim diz o Senhor" de atraentes palavras de sabedoria humana. Destroem-lhe assim a energia viva, tornando-o fraco e destituído de poder, de modo que ele deixa de convencer do pecado. Toda palavra proferida sob a direção do Espírito Santo será cheia da mais profunda solicitude pela salvação de almas. ME2 159 1 A aceitação do ministro por Deus não depende de exibição exterior, mas de seu fiel desempenho do dever. A senda de Cristo para a exaltação foi através da mais profunda humilhação. Os que partilham dos sofrimentos de Cristo, que Lhe seguem fielmente as pegadas, serão participantes de Sua glória. ME2 159 2 Tem sido esforço contínuo do inimigo introduzir na igreja pessoas que concordam com muito da verdade, mas que não estão convertidas. Professos cristãos que são falsos a seu legado são veículos pelos quais Satanás opera. Ele pode empregar membros não convertidos da igreja para promover suas próprias idéias e retardar a obra de Deus. Sua influência se acha sempre do lado errado. Põem no caminho da reforma a crítica e a dúvida como pedras de tropeço. Introduzem incredulidade porque cerraram os olhos à justiça de Cristo e não têm a glória do Senhor como sua retaguarda. ME2 159 3 A unidade é a força da igreja. Satanás o sabe, e emprega toda a sua força para introduzir dissensão. Ele deseja ver falta de harmonia entre os membros da igreja de Deus. Deve ser dada maior atenção à questão da união. Qual é a receita para a cura da lepra da contenda e dissensão? Obediência aos mandamentos de Deus. ME2 160 1 Tenho sido ensinada por Deus quanto a não devermos demorar nas desinteligências que enfraquecem a igreja. Ele prescreve um remédio para contenda. Santificando Seu santo sábado, devemos mostrar que somos Seu povo. Sua Palavra declara que o sábado é um sinal distintivo do povo que observa os mandamentos. Assim o povo de Deus deve conservar entre eles o conhecimento do Senhor como seu Criador. Os que observam a lei de Deus serão um com Ele no grande conflito iniciado no Céu entre Satanás e Deus. A deslealdade para com Deus significa contenda e luta contra os princípios de Sua lei. ME2 160 2 Tudo quanto se relaciona com a causa de Deus é sagrado, devendo assim ser considerado por Seu povo. Os conselhos que tenham qualquer referência com a causa de Deus são sagrados. Cristo deu a vida para levar um mundo pecador ao arrependimento. Aqueles que se acham possuídos do espírito que habitava em Cristo hão de trabalhar como lavradores de Deus no cuidar de Sua vinha. Não trabalharão unicamente em lugares de sua escolha. Devem ser gerentes sábios e obreiros fiéis, tornando seu mais alto objetivo cumprir a comissão dada por Cristo. Justo antes de Sua ascensão o Salvador disse a Seus discípulos que começando em Jerusalém, deviam ir a todas as nações, tribos, línguas e povos; e acrescentou: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. -- Manuscrito 14, 1901. O ministério das provações ME2 160 3 Na vida cristã, o Senhor permite provações de várias espécies para chamar homens e mulheres a uma mais elevada ordem de vida e a um serviço mais santificado. Sem essas provações haveria um contínuo afastamento da semelhança com Cristo, e homens ficariam possuídos de um espírito de filosofia científica, fantasiosa e humana, que os levaria a unirem-se com os seguidores de Satanás. ME2 161 1 Na providência de Deus, todo empreendimento bom e grande está sujeito a provações, para experimentar a pureza e a resistência de princípios dos que ocupam posições de responsabilidade, e moldar e revigorar o caráter humano, individual segundo o modelo de Deus. Esta é a mais elevada espécie de educação. ME2 161 2 A perfeição de caráter é atingida mediante o exercício das faculdades da mente, em tempos de suprema prova, pela obediência a toda reivindicação da lei de Deus. Homens em posições de confiança devem ser instrumentos nas mãos de Deus para promover-Lhe a glória, e no cumprimento de seus deveres com a máxima fidelidade, eles podem atingir a perfeição de caráter. ME2 161 3 Na vida dos que são leais aos retos princípios, haverá contínuo progresso no conhecimento. Eles terão o privilégio de serem reconhecidos como colaboradores do grande Obreiro-Mestre em favor da família humana, e desempenharão gloriosa parte em cumprir os desígnios de Deus. Assim, por preceito e por exemplo, como coobreiros de Deus glorificarão a seu Criador. -- Manuscrito 85, 1906. ------------------------Capítulo 18 -- Apelo a D. M. Canright ME2 162 0 Battle Creek, 15 de Outubro, 1880, Pastor D. M. Canright ME2 162 1 Prezado Irmão: Entristeceu-me o ouvir a vossa decisão, mas tenho tido razões para esperá-la. É um tempo em que Deus está experimentando e provando Seu povo. Tudo quanto pode ser sacudido, sacudido será. Só aqueles cujas almas se acham bem firmadas na Rocha hão de resistir. Os que descansam em seu próprio entendimento, os que não permanecem constantemente em Cristo, estarão sujeitos a mudanças como essas. Se vossa fé se tem fundado em homens, então podemos esperar apenas tais resultados. ME2 162 2 Se, porém, decidistes cortar toda ligação conosco como um povo, tenho um pedido a fazer, por amor de vós mesmo como por amor de Cristo: mantende-vos afastado de nosso povo, não os visiteis nem faleis com eles sobre vossas dúvidas e trevas. Satanás está exultante de alegria por haverdes saído de sob a bandeira de Jesus Cristo, colocando-vos sob a sua. Ele vê em vós alguém que pode tornar valioso instrumento na edificação de seu reino. Estais tomando justamente o rumo que eu esperava iríeis seguir caso cedêsseis à tentação. ME2 163 1 Sempre tivestes o desejo do poder, da popularidade, e isto é uma das razões de vossa presente situação. Rogo-vos, porém, que guardeis convosco as vossas dúvidas, vossas interrogações, vosso ceticismo. O povo vos tem dado mais crédito quanto à força de propósito e estabilidade de caráter do que possuíeis. Pensavam que éreis um homem forte; e ao manifestardes vossos sombrios pensamentos e sentimentos, Satanás está pronto a tornar os mesmos tão intensamente poderosos em sua natureza enganadora, que muitas almas serão iludidas e perdidas mediante a influência de uma alma que preferiu as trevas à luz, e se colocou presunçosamente ao lado de Satanás, nas fileiras do inimigo. ME2 163 2 Quisestes ser muita coisa, e fizestes uma ostentação e um ruído no mundo, e em resultado disso, vosso sol certamente se porá em obscuridade. Estais a cada dia encontrando um prejuízo eterno. O escolar que gazeia as aulas, julga estar enganando a seus pais e professores; mas de quem é a perda maior? Não é dele próprio? Não está ele prejudicando e se iludindo a si próprio, roubando-se um conhecimento que podia ter? Deus quer que nos tornemos eficientes em imitar o exemplo de Cristo em boas obras; entretanto estais fazendo o papel do gazeador, estais nutrindo um sentimento que pungirá e envenenará vossa própria alma para ruína sua, cabulando no que respeita a importantes coisas eternas, roubando a vossa alma as riquezas, o conhecimento da plenitude de Cristo. Vossa ambição voou tão alto, ela não aceita coisa alguma inferior à elevação do próprio eu. Não vos conheceis a vós mesmo. Aquilo de que sempre necessitastes, foi um coração humilde e contrito. Cristo, o homem-modelo ME2 163 3 Que vida foi a de Cristo? Ele cumpria tão certamente Sua missão como o Homem-modelo quando, como um carpinteiro, labutava e ocultava o grande segredo de Sua missão divina aos olhos do mundo, como quando caminhava sobre as ondas toucadas de alva espuma no Mar da Galiléia, ou quando ressuscitava os mortos, ou quando morria [como] sacrifício do homem sobre a cruz a fim de erguer toda a raça a uma vida nova e perfeita. Jesus viveu longo tempo em Nazaré, não honrado nem conhecido, para que a lição em Seu exemplo ensinasse aos homens e mulheres quão perto devem eles andar de Deus mesmo na marcha comum da vida diária. Quão humilhante, quão rude e tosca era essa condescendência da majestade do Céu, para que Ele fosse um de nós! Ele atraía a simpatia de todos os corações mediante o mostrar-Se capaz de compadecer-Se de todos. Os homens de Nazaré em suas indagadoras dúvidas, perguntavam: "Não é este o carpinteiro" (Marcos 6:3), filho de José e de Maria? ME2 164 1 O Céu e a Terra não se acham hoje mais separados do que quando homens de ocupação comum encontraram anjos ao meio-dia, ou quando nas planícies de Belém pastores ouviram os cânticos da hoste angélica enquanto guardavam seus rebanhos durante a noite. Não é buscar galgar à eminência que vos tornará grande aos olhos de Deus, mas é a humilde vida de bondade e fidelidade que vos tornará o objeto da vigilância especial dos anjos celestiais. O Homem-modelo, que não teve por usurpação ser igual a Deus, tomou sobre Si nossa natureza, e viveu quase trinta anos numa obscura cidade da Galiléia, escondida lá entre as colinas. Toda a hoste angélica achava-se ao Seu dispor, e todavia Ele não pretendia ser alguma coisa grande ou exaltada. Não adicionava um "Professor" ao Seu nome para agradar-Se a Si mesmo. Era carpinteiro, trabalhando por salário, servo daqueles para quem trabalhava, mostrando que o Céu pode estar bem perto de nós nas posições comuns da vida, e que anjos das cortes celestes cuidarão dos passos daqueles que vêm e vão às ordens de Deus. ME2 164 2 Oh! se o espírito de Cristo repousasse sobre Seus professos seguidores! Precisamos estar todos dispostos a trabalhar e labutar, pois esta é a lição que Cristo nos deu em Sua vida. Caso houvésseis vivido para Deus nas coisas comuns, fazendo vossa obra pura e fielmente quando não houvesse ninguém para dizer que estava bem feita, não vos encontraríeis em vossa atual posição. Vossa vida, poderíeis tornar fiel por meio de boas palavras sabiamente ditas, por ações boas refletidamente praticadas, pela manifestação diária de mansidão, pureza e amor. Em vista de toda a luz que tivestes, receio que tenhais dado vosso passo final. Destes a Satanás toda vantagem. Decisões precipitadas ME2 165 1 Podem-se tomar num momento decisões que determinem a condição de uma pessoa para sempre. Satanás chegou a vós, como o fez a Cristo, com a apresentação de honra e glória mundana, se tão-somente lhe reconhecerdes a supremacia. Isto estais fazendo agora. Antes, porém, que deis um passo mais, rogo-vos refletir. ME2 165 2 Que relatório estão os anjos fazendo a vosso respeito? Como haveis de enfrentar esse registro? Que desculpa apresentareis a Deus para essa abrupta apostasia? Tivestes sempre o desejo de fazer uma grande obra. Ficásseis vós satisfeito de efetuar a obra pequena, com inteireza e fidelidade, e isto receberia a aprovação do Mestre. Lembrai-vos, porém, que seria necessária a obra de toda uma vida para recuperar o que é lançado fora por um momento de ceder à tentação e de imprudência. ME2 165 3 Estamos viajando, estrangeiros e peregrinos, viajando em busca de um país melhor; preferível, porém, seria para vós e para mim ser animais de carga para arar o campo, a estar no Céu sem um coração apto a simpatizar com seus habitantes. Por um ato momentâneo da vontade podeis colocar-vos no poder de Satanás; será preciso, porém, mais que um momentâneo ato da vontade para quebrar-lhe as cadeias e atingir a uma vida mais alta e santa. Pode-se formar o desígnio, começar a obra, mas sua consecução requererá labuta, tempo e perseverança, paciência e sacrifício. O homem que se afasta de Deus deliberadamente em plena luz verificará, quando desejar assentar o rosto para voltar, que cresceram cardos e espinhos na senda a palmilhar e ele não precisa se surpreender nem desanimar se é compelido a caminhar longamente com os pés dilacerados e a sangrar. A mais temível e mais terrível prova da queda do homem de um estado melhor, é o fato de custar tanto o voltar. O caminho de regresso só pode ser percorrido com êxito mediante renhido combate, palmo a palmo, a toda hora. ME2 166 1 A senda para o Céu é demasiado estreita para se ostentarem posições e riquezas, estreita demais para exibição de ambições, por demais íngreme e acidentada para nela ascenderem as carruagens da comodidade. Labuta, paciência, abnegação, vitupério, pobreza, trabalho árduo, sofrer a contradição dos pecadores contra Si, eis a porção de Cristo, e este deve ser o quinhão do homem, se é que ele haja de entrar um dia no Paraíso de Deus. ME2 166 2 Se vossa fé atual ceder tão facilmente, é porque nunca deitou a raiz mestra para baixo em fé que se apega. Ela vos custou bem pouco. Se ela não vos sustém na provação e não vos conforta na aflição, é porque vossa fé não se tem fortalecido pelo esforço e purificado pelo sacrifício. Os que estão dispostos a sofrer por Cristo experimentarão mais alegria no sofrimento do que em haver Cristo sofrido por eles, mostrando assim que Ele os amou. Os que hão de ganhar o Céu desenvolverão seus mais nobres esforços, e trabalharão com toda longanimidade, para que ceifem o fruto de sua lida. ME2 166 3 Há u'a mão que abrirá as portas do Paraíso àqueles que resistiram à prova da tentação e mantiveram uma boa consciência, renunciando o mundo, suas honras, seus aplausos, pelo amor de Cristo, confessando-O assim diante dos homens, e esperando com toda a paciência que Ele os confesse diante de Seu Pai e dos santos anjos. A influência da dúvida ME2 166 4 Não peço uma explicação de sua conduta. O irmão (C. W.) Stone quis ler sua carta para mim. Recusei-me a ouvi-la. O hálito de dúvida, queixa e incredulidade é contagioso; caso eu faça minha mente conduto para a suja corrente, a turva e contaminante água procedente da fonte de Satanás, talvez fique em meu espírito alguma sugestão, poluindo-o. Se suas sugestões tiveram tal poder em vós que vos levassem a vender vosso direito de primogenitura por um prato de guisado -- a amizade dos inimigos do Senhor -- nada quero ouvir acerca de suas dúvidas, e espero que sejais cauteloso, para que não contamineis outras mentes; pois a própria atmosfera que circunda um homem que ousa fazer as declarações que fizestes é como venenoso miasma. ME2 167 1 Rogo-vos que vos afasteis inteiramente daqueles que crêem na verdade; pois uma vez que escolhestes o mundo e seus amigos, andai com aqueles que escolhestes. Não enveneneis a mente de outros tornando-vos instrumento especial de Satanás para operar a ruína de almas. Caso não hajais tomado inteiramente vossa posição, apressai-vos em resistir ao diabo antes que seja para sempre tarde. Não deis outro passo para as trevas, mas tomai vossa atitude como um homem de Deus. ME2 167 2 Se quiserdes assegurar o grande objetivo e desígnio da vida sem erro em vossa escolha ou temor de fracasso, precisais de tornar Deus o primeiro e o último e o melhor em todo plano e obra e pensamento. Se quiserdes uma estrada que conduza direito às trevas, só tendes que lançar a luz de Deus para trás das costas, viver sem Deus. Quando Deus vos indica o caminho e diz: "Este é vosso meio de segurança e paz", só tendes de voltar o rosto em direção oposta ao caminho do Senhor, e vossos pés se hão de firmar na perdição. A voz do Cordeiro de Deus se faz ouvir falando-nos: "Segui-Me, e não andareis em trevas." Uma comissão do rei dos reis ME2 167 3 Deus vos escolheu para grande e solene obra. Tem estado procurando disciplinar-vos, experimentar, provar, refinar e enobrecer, para que esta obra sagrada seja feita visando unicamente Sua glória, a qual pertence inteiramente a Deus. Que pensamento, escolher Deus a um homem e levá-lo a íntima ligação com Ele, e dar-lhe uma missão a empreender, uma obra a realizar para Ele! Um homem fraco torna-se forte, o tímido é tornado bravo, o irresoluto vem a tornar-se homem de firme e pronta decisão. Quê! é acaso possível que o homem seja de tanta importância que receba uma comissão do Rei dos reis! Seduzirá a ambição mundana a desviar-se do sagrado depósito, da santa comissão? ME2 167 4 A majestade do Céu veio a nosso mundo para dar ao homem um exemplo de vida pura e impecável, e sacrificar-Se ao gozo de salvar o moribundo. Quem quer que siga a Cristo é um colaborador Seu, partilhando com Ele da obra divina de salvar almas. Se tendes um pensamento de ser dela libertado porque vedes alguma perspectiva de fazer aliança com o mundo, que vos ponha em maior notoriedade, é porque esqueceis quão grande e nobre é tudo fazer por Deus, quão exaltada posição é a de um cooperador de Jesus Cristo, um portador de luz para o mundo, espargindo luz e amor no caminho de outros! Recompensa da fidelidade ME2 168 1 Tereis em vosso coração grande conflito com os poderes do mal. Tendes achado que havia mais elevada obra para vós, mas, oh! se tão-somente lançásseis mão daquela que vos está adiante, e a fizésseis com fidelidade, não procurando de maneira alguma exaltar o próprio eu, paz e alegria vos adviriam à alma, paz e alegria mais puras, mais abundantes e satisfatórias que as de um conquistador nas lides terrenas. Viver e trabalhar para Deus e fazer de nossas faculdades e de nosso tempo o melhor emprego que nos seja possível, é crescer na graça e no conhecimento. Isto podemos fazer, porque é nossa obra. Importa que afasteis vossas interrogadoras dúvidas, e tenhais inteira fé em vossa divina missão, para serdes na verdade bem-sucedido nos labores. ME2 168 2 A alegria, o êxito, a glória de vosso ministério, é estar sempre pronto, de ouvido atento para atender ao chamado do Mestre: "Eis-me aqui; envia-me a mim." Isaías 6:8. Aqui, Senhor, com as melhores e mais santas afeições de meu coração; aqui, toma-me a mente com seus mais puros e nobres pensamentos, toma-me e habilita-me para Teu serviço. ME2 168 3 Apelo agora para vós, que façais o mais depressa possível o caminho de volta; assumi a missão que vos é dada por Deus, e buscai pureza e santidade para santificar essa missão. Não vos detenhais; não coxeeis entre dois pensamentos. Se o Senhor é Deus, servi-O; e se Baal, segui-o. Tendes a velha lição de confiança em Deus a aprender de novo na dura escola do sofrimento. Permiti que D. M. Canright seja absorvido em Jesus Cristo. ... ME2 168 4 Nossos nomes podem ser chamados dentro em breve, e não haverá ninguém para responder. Permiti que a vida esteja escondida em Deus, e aquele nome esteja registrado no Céu, e será imortalizado. Segui aonde Cristo vos conduzir, e fazei com que as pegadas deixadas atrás nas areias do tempo sejam de molde a que outros possam seguir a salvo no caminho da santidade. ME2 169 1 Há por toda a estrada que conduz à morte dores e penas, há aflições e desapontamentos, há advertências dos mensageiros de Deus para não prosseguir, e Deus tornará duro aos que não dão ouvidos e aos obstinados o se destruírem a si mesmos. Por todo o caminho subindo a íngreme senda que conduz à vida eterna se acham fontes de alegria para refrigerar o cansado. A verdadeira, vigorosa alegria da alma começa quando Cristo é formado no interior, a esperança da glória. Se escolherdes agora a senda em que Deus conduz, e fordes avante aonde a voz do dever chamar, as dificuldades que Satanás tem ampliado aos vossos olhos desaparecerão. ME2 169 2 Caminho algum é seguro a não ser aquele que se torna mais claro e firme à medida que nele prosseguimos. O pé pode às vezes deslizar na trilha mais garantida. Para andar sem temor, precisais saber que vossa mão está firmemente segura pela mão de Cristo. Precisais não pensar nem por um momento que não haja perigo para vós. Os mais sábios cometem erros. Os mais fortes falham por vezes. Os imprudentes, confiantes em si mesmos, teimosos e orgulhosos, que avançam sem dar atenção por veredas proibidas, lisonjeando-se de que podem mudar de direção quando lhes aprouver, caminham por uma senda de precipícios. Eles podem recuperar-se de uma queda, de um erro por eles cometido, mas quantos dão um passo em falso que se demonstra sua eterna ruína! ME2 169 3 Caso façais o jogo do que não se quer comprometer a fim de conseguir objetivos que, de outro modo, não lograríeis obter, se assegurais por arte e astúcia o que deve ser ganho pela perseverança, a labuta e o conflito, sereis emaranhado em uma rede de vossa própria urdidura, e vos arruinareis, não somente para este mundo, mas para a vida futura. ME2 169 4 De maneira nenhuma permita Deus que façais naufrágio da fé aqui. Olhai a Paulo; escutai-lhe as palavras ressoando até nossos tempos: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda." 2 Timóteo 4:7, 8. Eis aí o grito de vitória vindo de Paulo. Qual será o vosso? ME2 170 1 Agora, Pastor Canright, por amor de vossa alma, rogo-vos, agarrai firmemente a mão de Deus. Acho-me demasiado fatigada para vos escrever mais. Que Deus vos livre dos laços de Satanás, é minha oração. -- Carta 1, 1880. Exaltar a Cristo ME2 170 2 Toda alma que aceita verdadeiramente a Cristo pela fé andará em humildade de coração. Não haverá exaltação do próprio eu, mas Cristo será exaltado como Aquele de quem depende a esperança da vida eterna. "Pela graça sois salvos, por meio da fé" (Efésios 2:8), declarou o apóstolo Paulo. E é a graça de Cristo em nós que nos torna testemunhas Suas. Só podemos ser vitoriosos pelo sangue do Cordeiro, e pela palavra de nosso testemunho. Mediante uma vida bem ordenada e uma santa maneira de viver, tornamo-nos luzes na igreja e no mundo. As coisas espirituais precisam ser espiritualmente discernidas. Os que mais profundamente sorvem das águas da salvação revelarão mais plenamente a mansidão e humildade de Cristo. ME2 170 3 É-me mandado dizer aos que foram chamados a ensinar a outros a Palavra de Deus: ME2 170 4 Nunca animeis outros a olharem para vós quanto a sabedoria. Quando os homens se dirigem a vós em busca de conselho, encaminhai-os Àquele que lê os motivos de todo coração. Deve penetrar em nossa obra ministerial um espírito diferente. Pessoa alguma deve agir como confessor; homem algum deve ser exaltado como supremo. Nossa obra é humilhar o próprio eu e exaltar a Cristo perante o povo. Depois de Sua ressurreição, o Salvador prometeu que Seu poder acompanharia todo aquele que saísse em Seu nome. Exaltados sejam esse poder e esse nome. Precisamos ter presente continuamente a oração de Cristo quando Ele rogou que o eu fosse santificado pela verdade e a justiça. ME2 170 5 O poder do Pai eterno e o sacrifício do Filho devem ser mais estudados do que o são. Em Sua morte sobre a cruz foi consumada a perfeita obra de Cristo. Em Seu sacrifício e Sua intercessão à direita do Pai, reside nossa única esperança de salvação. Nossa alegria deve ser exaltar perante os homens o caráter de Deus, e tornar Seu nome um louvor na Terra. -- Manuscrito 137, 1907. ------------------------Capítulo 19 -- Uma lição objetiva ME2 173 1 Os começos da apostasia de Salomão podem remontar a muitos desvios aparentemente insignificantes dos retos princípios. As ligações com mulheres idólatras não foram de maneira nenhuma a causa única de sua queda. Entre as causas primárias que levaram Salomão ao descomedimento e à opressão tirânica, estava sua ação no desenvolver e no nutrir um espírito de cobiça. ME2 173 2 Nos dias do antigo Israel, quando Moisés, ao pé do monte, comunicou ao povo a ordem divina: "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8), a resposta dos israelitas foi acompanhada de dádivas correspondentes. "E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou" (Êxodo 35:21), e levaram ofertas. Eram necessários para a construção do santuário, grandes e dispendiosos preparativos; grande quantidade dos mais preciosos e caros materiais era exigida; todavia o Senhor só aceitava as ofertas voluntárias. "De todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta" (Êxodo 25:2), foi a ordem divina repetida por Moisés à congregação. A devoção a Deus e espírito de sacrifício foram os primeiros requisitos no preparo de uma morada para o Altíssimo. ME2 174 1 Idêntico apelo ao sacrifício foi feito quando Davi passou a Salomão a responsabilidade de erigir o templo. Da multidão reunida que trouxera suas dádivas liberais, pediu Davi: "Quem, pois, está disposto a encher a sua mão para oferecer hoje voluntariamente ao Senhor?" 1 Crônicas 25:5. Este apelo devia ter sido sempre conservado em mente por aqueles que tinham que fazer com a construção do templo. ME2 174 2 Homens escolhidos foram especialmente dotados por Deus com habilidade e sabedoria para a construção do tabernáculo do deserto. "Disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor tem chamado por nome a Bezaleel... da tribo de Judá, e o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento e ciência em todo o artifício. ... Também lhe tem disposto o coração para ensinar... a ele e a Aoliabe... da tribo de Dã. Encheu-os de sabedoria do coração para fazer toda obra de mestre, e a mais engenhosa, e a do bordador... e a do tecelão, fazendo toda a obra, e inventando invenções." Êxodo 35:30-35. "Assim obraram Bezaleel e... todo homem sábio de coração, a quem o Senhor dera sabedoria e inteligência." Êxodo 36:1. Seres celestes cooperaram com os obreiros a quem o próprio Deus escolhera. ME2 174 3 Os descendentes desses homens herdaram em amplo grau a habilidade conferida a seus antepassados. Nas tribos de Judá e de Dã havia homens que eram considerados especialmente "hábeis" nas artes mais finas. Por algum tempo esses homens permaneceram humildes e desinteressados; pouco a pouco, porém, quase imperceptivelmente, perderam sua firmeza em Deus e Sua verdade. Começaram a pedir mais altas remunerações por causa de sua habilidade superior. Em alguns casos essas solicitações foram concedidas, mas na maioria das vezes aqueles que pediam pagas maiores procuraram emprego nas nações vizinhas. Em lugar do nobre espírito de sacrifício que enchera o coração de seus ilustres ancestrais, nutriram o espírito de cobiça, de avidez de mais e mais. Serviram reis pagãos com a habilidade que por Deus lhes fora dada, e desonraram a seu Criador. Empregou artífices incrédulos ME2 175 1 Foi entre esses apóstatas que Salomão procurou um mestre-de-obras na superintendência da construção do templo no Monte Moriá. Minuciosas especificações escritas com referência a cada parte da estrutura sagrada, foram confiadas ao rei, e ele devia haver esperado em Deus com fé quanto a consagrados auxiliares, aos quais haveria sido dada habilidade especial para fazer com exatidão a obra requerida. Salomão, porém, perdeu de vista essa oportunidade de exercer fé em Deus. Mandou pedir ao rei de Tiro "um homem sábio para trabalhar em ouro, e em prata, e em bronze, e em ferro, e em púrpura, e em carmesim, e em azul, e que saiba lavrar ao buril, juntamente com os sábios que estão comigo em Judá e em Jerusalém". 2 Crônicas 2:7. ME2 175 2 O rei fenício respondeu mandando Hirão, "um homem sábio de grande entendimento,... filho de uma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi homem de Tiro". 2 Crônicas 2:13, 14. Este mestre entre os artífices, Hirão, era descendente, pelo lado de sua mãe, de Aoliabe, a quem, centenas de anos antes, Deus dera sabedoria especial para a construção do tabernáculo. Assim, à testa do grupo de obreiros de Salomão, foi colocado um homem não santificado, que exigiu grandes remunerações por sua habilidade fora do comum. ME2 175 3 Os esforços de Hirão não foram inspirados pelo desejo de prestar seus melhores serviços a Deus. Ele servia o deus deste mundo -- Mamom. As próprias fibras de seu ser haviam sido entretecidas com princípios de egoísmo, os quais se haviam revelado em sua avidez dos mais altos ganhos. E gradualmente esses princípios errôneos chegaram a ser nutridos por seus companheiros. Enquanto trabalhavam dia a dia com ele, e cediam à tentação de comparar seu salário com os deles próprios, começaram a perder de vista o caráter santo da obra que faziam, e demorar na diferença entre o ganho deles e o de Hirão. Gradualmente, perderam seu espírito de abnegação, e fomentaram o espírito de cobiça. O resultado foi um pedido de maiores pagas, o que lhes foi concedido. ME2 176 1 As funestas influências postas em atividade pelo emprego desse homem de espírito ganancioso, permearam todos os ramos do serviço do Senhor, e estenderam-se pelo reino de Salomão. Os altos salários requeridos e alcançados deram muito ensejo à condescendência com o luxo e à extravagância. Nos efeitos de vasto alcance dessas influências podem-se rastrear uma das principais causas da terrível apostasia daquele que uma vez fora o mais sábio dos mortais. O rei não estava sozinho em sua apostasia. Prodigalidade e corrupção manifestavam-se por todo lado. Os pobres eram oprimidos pelos ricos; o espírito de sacrifício no serviço de Deus foi por assim dizer perdido. ME2 176 2 Aí está uma importantíssima lição para o povo de Deus nestes dias -- lição que muitos são tardios em aprender. Predomina no mundo o espírito de cobiça, de buscar as mais elevadas posições e os ganhos mais altos. O antigo espírito de abnegação e sacrifício raramente se encontra. Este, porém, é o único espírito que pode atuar em um verdadeiro seguidor de Jesus. Nosso divino Mestre deu-nos o exemplo da maneira por que devemos trabalhar. E aos que convidou: "Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens" (Mateus 4:19), Ele não ofereceu quantia estabelecida como recompensa de seus serviços. Deviam partilhar com Ele a abnegação e o sacrifício. ME2 176 3 Os que pretendem ser seguidores do Obreiro-Mestre, e se empenham em Seu serviço como coobreiros de Deus, devem trazer para Sua obra a exatidão e habilidade, o tato e sabedoria que o Deus de perfeição exigiu na edificação do tabernáculo terrestre. E agora, como então, e nos dias do ministério de Cristo na Terra, a consagração a Deus e um espírito de sacrifício devem ser considerados os primeiros requisitos do serviço aceitável. É desígnio de Deus que nem um traço de egoísmo seja entretecido em Sua obra. Um incidente na história Adventista do Sétimo Dia ME2 176 4 Deve ser posto todo cuidado no que respeita ao espírito que permeia as instituições do Senhor. Essas instituições foram estabelecidas com sacrifício, e foram construídas com as abnegadas dádivas do povo de Deus e o desinteressado labor de Seus servos. Tudo quanto se relacione com o serviço institucional deve ter a assinatura do Céu. Importa estimular-se e cultivar-se o senso da santidade das instituições do Senhor. Os obreiros devem humilhar o coração perante Deus, reconhecendo-Lhe a soberania. Todos devem viver em harmonia com princípios de abnegação. À medida que o obreiro fiel e disposto a sacrificar-se, com a lâmpada espiritual espevitada e ardendo, esforça-se abnegadamente para promover os interesses da instituição em que trabalha, terá preciosa experiência, e será habilitado a dizer: "Na verdade o Senhor está neste lugar." Sentir-se-á altamente privilegiado por ser-lhe permitido dar à instituição do Senhor sua capacidade, seu serviço e incansável vigilância. ME2 177 1 Nos primeiros tempos da mensagem do terceiro anjo os que estabeleceram nossas instituições, e os que nelas trabalhavam, eram atuados por elevados motivos de abnegação. Recebiam por seus árduos labores nada mais que um insignificante salário -- que mal dava para uma insuficiente manutenção. Seu coração, porém, era batizado com o ministério do amor. A recompensa da liberalidade de toda a alma era manifesta em sua estreita comunhão com o Espírito do Obreiro-Mestre. Exerciam a máxima economia, a fim de que tantos outros obreiros quantos possível pudessem afirmar a bandeira da verdade em novos lugares. ME2 177 2 Veio todavia a seu tempo uma mudança. O espírito de sacrifício não se manifestava tanto. Em algumas de nossas instituições os ordenados de alguns obreiros foram aumentados além do razoável. Os que recebiam esses vencimentos pretendiam merecer maior quantia que os outros, em virtude de seus talentos superiores. Quem lhes deu no entanto esses talentos, essa capacidade? Com o acréscimo de pagamento veio decidido aumento de cobiça, que é idolatria, e decidido declínio da espiritualidade. Insinuaram-se males grosseiros, e Deus foi desonrado. O espírito de muitos que testemunharam esta avidez de ganhos cada vez maiores, foi levedado pelas dúvidas e a incredulidade. Princípios estranhos, qual mau fermento, penetraram em quase todo o corpo de crentes. Muitos deixaram de negar-se a si mesmos, e não poucos retiraram seus dízimos e ofertas. ME2 177 3 Deus, em Sua providência, ordenou uma reforma em Sua sagrada obra, a qual devia começar no coração, e operar para o exterior. Alguns que continuavam cegamente a estimar altamente seus serviços, foram removidos. Outros receberam a mensagem a eles dada, volveram a Deus com inteiro propósito de coração, e aprenderam a aborrecer seu espírito cobiçoso. Esforçaram-se o quanto possível para dar um bom exemplo ao povo mediante o reduzir voluntariamente seus ordenados. Compreenderam que nada menos que completa transformação de espírito e coração os salvaria de serem derribados por alguma poderosa tentação. Ameaça ao trabalho denominacional ativo ME2 178 1 A obra de Deus é uma em toda a sua vasta extensão e os mesmos princípios devem reger, o mesmo espírito ser revelado em todos os seus ramos. Ela precisa apresentar o selo da obra missionária. Cada departamento da causa se acha relacionado com todas as partes do campo evangélico, e o espírito que rege um departamento será sentido no campo inteiro. Caso uma parte dos obreiros receba grandes ordenados, haverá outros, em diversos ramos da obra, que pedirão mais altas pagas, e perder-se-á gradualmente de vista o espírito de abnegação. Outras instituições e Associações vão contagiar-se com o mesmo espírito, e será delas retirado o favor de Deus; pois Ele jamais sanciona o egoísmo. Assim virá a termo nossa obra ativa. Unicamente mediante contínuo sacrifício pode ela ser levada avante. ME2 178 2 Deus provará a fé de cada alma. Cristo comprou-nos com infinito sacrifício. Se bem que rico, fez-Se pobre por amor de nós, para que por Sua pobreza entrássemos na posse de riquezas eternas. Tudo quanto possuímos de capacidade e intelecto foi-nos emprestado em confiança pelo Senhor, a fim de que o empreguemos para Ele. É nosso privilégio ser co-participantes do sacrifício de Cristo. ------------------------Capítulo 20 -- Princípios gerais que regem a remuneração do obreiro Satisfação e bênção no trabalho feito com sacrifício ME2 179 1 Aqueles que têm no coração a causa de Deus, precisam compreender que não estão trabalhando para si mesmos ou pela pequena remuneração que estejam recebendo, e que Deus pode fazer com que o pouco que recebem vá mais longe do que eles pensam ser possível. Ele lhes dará satisfação e bênção à medida que avançam no trabalho feito com sacrifício. E Ele abençoará a cada um de nós ao trabalharmos na mansidão de Cristo. E quando vejo alguns buscando maiores ordenados, digo comigo mesma: "Eles estão perdendo uma preciosa bênção." Sei que isto é um fato. Tenho-o visto operar repetidamente. ME2 179 2 Ora, irmãos, lancemos mão e façamos o melhor que nos for possível, sem pedir aumento de paga, a não ser que vejamos ser uma impossibilidade fazer a obra a nós confiada sem mais; mas mesmo então, deixemos que os outros vejam essa necessidade da mesma maneira que nós, pois Deus lhes porá no coração vê-la, e eles falarão a palavra que terá mais influência do que se proferíssemos mil palavras. Eles dirão palavras que nos hão de colocar na devida posição perante o povo. O Senhor é nosso ajudador e nosso Deus, nossa vanguarda e também nossa retaguarda. ME2 179 3 Ao colocar-nos na justa relação para com Deus, teremos êxito onde quer que formos; e é êxito o que queremos, não dinheiro -- êxito vivo, e Deus no-lo dará porque sabe tudo a respeito de nossa abnegação. Conhece todo sacrifício que fazemos. Talvez penseis que vossa abnegação não faz nenhuma diferença, que devíeis receber mais consideração e assim por diante. Faz, porém, grande diferença para com o Senhor. Tem-me sido repetidamente mostrado que quando as pessoas começam a procurar vencimentos mais e mais altos, penetra-lhes na vida cristã algo que as coloca em posição em que não mais se encontram em terreno vantajoso. Mas quando recebem o ganho que traz o cunho de seu sacrifício, Deus lhes vê a abnegação e dá-lhes êxito e vitória. Isto me tem sido apresentado repetidamente. O Senhor, que vê em oculto, recompensará publicamente todo sacrifício que Seus provados servos têm estado dispostos a fazer. -- Manuscrito 12, 1913. Não pedir quantia estipulada ME2 180 1 Cristo faz a todos o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei; tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. Se todos usarem o jugo de Cristo, se todos aprenderem na Sua escola as lições que Ele ensina, haverá meios suficientes para estabelecer obra médico-missionária evangélica em muitos lugares. ME2 180 2 Não diga ninguém: "Empregar-me-ei nesta obra por uma quantia estipulada. Se não receber essa importância, não farei a obra." Os que assim dizem mostram que não estão levando o jugo de Cristo; não Lhe estão aprendendo a mansidão e a humildade. ... ME2 180 3 Não é o ser ricos em bens do mundo que aumenta nosso valor aos olhos de Deus. É o manso e contrito que o Senhor reconhece e honra. Lede o capítulo cinqüenta e sete de Isaías. Estudai este capítulo com cuidado pois ele significa muito para o povo de Deus. Não o comentarei. -- Carta 145, 1904. Fazei o trabalho e aceitai o ordenado oferecido ME2 181 1 Requer-se de todo homem que faça a obra a ele designada por Deus. Devemos ser voluntários para prestar pequenos serviços, fazendo as coisas que devem ser feitas, que alguém precisa fazer, aproveitando as pequenas oportunidades. Caso sejam esses os únicos ensejos, devemos ainda trabalhar fielmente. Aquele que perde horas, dias e semanas porque não está disposto a fazer o trabalho que se oferece, por humilde que seja, será chamado a prestar contas a Deus por seu tempo mal empregado. Se ele acha que se pode permitir não fazer nada, por não poder obter os desejados vencimentos, detenha-se e pense que aquele dia, aquele único dia, é do Senhor. Ele é Seu servo. Não deve desperdiçar seu tempo. Pense: "Passarei esse tempo fazendo alguma coisa, e darei tudo quanto ganhar para o avançamento da obra de Deus. Não serei considerado indolente." ME2 181 2 Quando um homem ama a Deus acima de tudo o mais, e a seu próximo como a si mesmo, não indagará se aquilo que ele pode fazer trará muito ou pouco lucro. Fará o trabalho, e aceitará o pagamento oferecido. Não dará o exemplo de recusar a tarefa porque não pode receber por ela salário tão alto quanto pensa que merece. ME2 181 3 O Senhor julga o caráter de um homem pelos princípios que lhe inspiram os atos no trato com seus semelhantes. Se nas transações comuns de negócios seus princípios são falhos, os mesmos serão introduzidos em seu serviço espiritual para Deus. Os fios são entretecidos em toda a sua vida religiosa. Caso possuais demasiada dignidade para trabalhar para vós mesmos por pequena remuneração, então trabalhai para o Mestre; dai o lucro ao tesouro do Senhor. Fazei a Deus uma oferta de gratidão por vos poupar a vida. Não fiqueis, porém, de modo algum ociosos. -- Manuscrito 156, 1897. Pagamento em harmonia com o trabalho ME2 181 4 Os caminhos do Senhor são justos e equitativos. Os obreiros das escolas devem receber segundo as horas que trabalham aí em honesto e árduo labor. Não deve ser feita injustiça a nenhum obreiro. Se um homem ou uma mulher da à escola tempo integral, deve receber da escola em harmonia com o tempo que a escola dele recebe. Se uma pessoa dedica mente, serviço e energias a levar as responsabilidades, deve receber segundo o valor que dá à escola. Devem manter-se justiça e verdade, não somente pelo bem atual e futuro da instituição, mas pelo nosso próprio benefício individual em justiça. O Senhor não será participante da mínima injustiça. -- Manuscrito 69, 1898. O privilégio de trabalhar e os salários ME2 182 1 Os que pensam mais em seu ganho do que no privilégio de ser honrado como servo do Senhor, que empreendem seu trabalho no espírito de quem se congratula consigo mesmo por receber pagamento, não põem muita abnegação e espírito de sacrifício em sua obra. Os últimos homens assalariados creram na palavra do pai de família: "Recebereis o que for justo." Mateus 20:7. Sabiam que haviam de receber o que merecessem, e foram postos em primeiro lugar, porque puseram fé em seu trabalho. Se aqueles que haviam trabalhado o dia inteiro, houvessem posto no trabalho um espírito amoroso e confiante, haveriam continuado a ser os primeiros. ME2 182 2 O Senhor Jesus avalia a obra feita segundo o espírito em que é executada. Ele aceitará em hora avançada os pecadores arrependidos que a Ele chegam em fé humilde, e são obedientes a Seus mandamentos. ME2 182 3 Cristo adverte os que se acham a Seu serviço de que não devem regatear por estipulada quantia, como se seu Mestre não tratasse com eles com justiça. Ele deu essa parábola para que os murmuradores não obtivessem simpatia em razão dos supostos agravos por eles sofridos. -- Manuscrito 87, 1899. ME2 182 4 A verdadeira prosperidade nunca pode vir à alma que está constantemente aspirando a maiores vencimentos, e que cede à tentação que a afasta da obra que Deus lhe designou. Nunca haverá prosperidade para qualquer homem ou família, ou qualquer firma ou instituição, a menos que seja presidida pela sabedoria de Deus. -- Carta 2, 1898. "Uma família dispendiosa" ME2 183 1 Homens me têm escrito dizendo que precisam de salários altos, e alegando como desculpa uma família dispendiosa. E ao mesmo tempo a instituição a que se achavam ligados era forçada a fazer estritos cálculos para fazer face às despesas correntes. Por que alegaria alguém uma família dispendiosa como razão para pedir maiores ganhos? Não é acaso suficiente a lição dada por Cristo? Diz Ele: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mateus 16:24. ME2 183 2 Nossas instituições foram estabelecidas para servir como meio eficaz na promoção da obra de salvar almas. Os que a elas se acham ligados devem considerar a maneira por que as podem ajudar, não como possam tirar o máximo do tesouro. Caso procurem agarrar mais do que lhes é devido, prejudicam a obra de Deus. Diga toda pessoa ligada a essas instituições: "Não pensarei em elevados ganhos, pois isso roubaria o tesouro, e a proclamação da mensagem de misericórdia seria prejudicada. Preciso exercer economia. Os que se acham fora, no campo, estão realizando uma obra tão essencial como a que eu estou fazendo. Preciso fazer tudo ao meu alcance para ajudá-los. São os recursos de Deus que estou manejando, e farei como Cristo havia de fazer em meu lugar. Não gastarei dinheiro com luxos. Lembrar-me-ei dos obreiros do Senhor nos campos missionários. Eles têm mais necessidade de meios do que eu. Em seu trabalho, eles entram em contato com muita pobreza e aflição. Precisam alimentar os famintos e vestir os nus. Preciso limitar meus gastos, para que partilhe de seu trabalho de amor." -- Special Testimonies, Serie B, 19:19, 20. Apelo em favor da igualdade ME2 183 3 Haja mais igualdade entre nós. Há demasiada avidez de recompensa. Fazem-se estimativas egoístas do trabalho feito. Homem algum receba ordenado tão alto porque ele supõe possuir aptidão para efetuar determinada obra, colocando assim a obra feita para Deus e para o avançamento de Sua causa em base mercenária. A quem muito for dado, muito dele será requerido. Indaguem de si mesmos aqueles que argumentam deverem receber grandes pagas em virtude de sua capacidade e dons particulares: "De quem são os talentos com que estou negociando? Tenho eu usado esses talentos de tal maneira que traga a maior glória a Deus? Tenho eu dobrado os talentos a mim emprestados?" O emprego consagrado dos mesmos traria um dividendo à causa de Deus. Todos os nossos talentos a Deus pertencem, e tanto o capital como os juros terão um dia de ser-Lhe devolvidos. ME2 184 1 Se aqueles que estiveram ligados com a obra de Deus por muitos anos considerassem cuidadosamente quanto dano causaram à vinha do Senhor por atos desavisados, por se apartarem dos retos princípios e desviarem meios da causa de Deus mediante o usarem sua influência para levarem outros a caminhos torcidos, em vez de buscarem com avidez mais elevados ganhos, humilhar-se-iam a si mesmos diante de Deus com um arrependimento de que não se necessitariam arrepender. Dirijam-se a si mesmos a pergunta: "'Quanto deves a meu Senhor?' Lucas 16:5. Que contas prestarei pelo talento mal empregado, por seguir minha própria imaginação não santificada? Que poderei fazer para apagar os maus resultados de minhas ações destituídas de sabedoria, que tanto limitaram os recursos da causa?" Houvesse cada homem ocupado fielmente sua posição de responsabilidade, e não haveria escassez de meios hoje no tesouro do Senhor. ME2 184 2 Nossa relação para com a obra de Deus não deve ser posta em base mercenária -- segundo a avaliação do homem, tanto trabalho, tanta paga. Grande engano é julgarem os homens que seus serviços são inapreciáveis. Seja Deus fiel a Sua palavra, e haverá grande mudança na avaliação do serviço feito para o Mestre. ME2 184 3 Oh! há muitas coisas a serem corrigidas nos homens dispostos a cobiçar tanto. Quão impróprias são as buscas egoístas de recompensa! Essa ambição ansiosa de elevadas pagas tem expelido o amor de Deus de muitos corações. O orgulho de posição é um arraigado mal que tem arruinado milhares. Sim, dezenas de milhares, ambiciosos de distinção e ostentações, têm sido arruinados por haver perdido de vista os princípios. Eles se têm medido entre si, e comparado consigo mesmos. Sua ansiosa busca de honra e recompensa tem resultado em diminuída espiritualidade. Esta é uma lição que todos devem estudar cuidadosamente, para que fiquem advertidos contra o egoísmo e a avareza, contra o orgulho que destrói o amor de Deus e corrói a alma. ME2 185 1 Quando qualquer homem ligado à obra de Deus se recusa a trabalhar pelo ordenado que está recebendo, quando está recebendo quantia razoável por seus serviços, ele pode obter aquilo que pede, mas será muitas vezes com detrimento da graça de Deus no coração, o que é de mais valor que ouro e prata e pedras preciosas. -- Manuscrito 164, 1899. O tributo das grandes remunerações ME2 185 2 A encarnação de Cristo foi um ato de sacrifício; Sua vida foi de abnegação contínua. A mais alta glória do amor de Deus ao homem manifestou-se no sacrifício de Seu Filho unigênito, que era a expressa imagem de Sua pessoa. Este é o grande mistério da piedade. É o privilégio e o dever de todo professo seguidor de Cristo ter a mente de Cristo. Sem abnegação e sem levar a cruz não podemos ser Seus discípulos. ME2 185 3 Ao serem propostas e aceitas as resoluções de pagar os grandes vencimentos aos que trabalham no escritório da Review and Herald, o inimigo estava triunfando em seu plano de pôr de lado os desígnios de Deus, e levar almas a falsos caminhos. O espírito egoísta, ambicioso, aceitou os grandes vencimentos. Houvessem os obreiros posto em prática os princípios exarados nas lições de Cristo, e não poderiam, conscienciosamente, receber tais remunerações. E qual foi o efeito desse acréscimo de salários? As despesas da subsistência da família foram grandemente aumentadas. Houve um afastamento das instruções e exemplos dados na vida de Cristo. Foi despertado o orgulho e houve condescendência com ele; empregaram-se meios para ostentação, para satisfações próprias desnecessárias. Tomou posse do coração o amor do mundo, e ambições profanas dominaram o templo da alma. As grandes remunerações tornaram-se uma maldição. O exemplo não foi segundo Cristo, mas segundo o mundo. ME2 186 1 O amor a Cristo não levará à condescendência consigo mesmo, não levará a desnecessários dispêndios de meios para agradar e satisfazer o próprio eu ou fomentar o orgulho no coração humano. O amor de Jesus no coração induz sempre a alma à humildade e inteira conformação com a vontade de Deus. -- Carta 21, 1894. ME2 186 2 Quando o pecado fere interiormente, assalta a mais nobre parte do ser humano. Isto causa terrível confusão e estrago nas faculdades e energias do homem, semelhantes às de Deus. Ao passo que a doença física prostra o corpo, a enfermidade do egoísmo e da cobiça cresta a alma. -- Carta 26, 1897. Vencimentos mais altos propostos para homens superiores ME2 186 3 Meu coração se acha profundamente agitado pelas cenas que passaram diante de mim durante a noite. Ouvi, nessas horas noturnas, acerca das propostas de alguns de meus irmãos, com as quais não posso concordar. As declarações que fizeram indicam estarem eles no trilho errado, não possuírem uma experiência que os guarde do engano. Entristeci-me de ouvir dos lábios de alguns de nossos irmãos expressões que não mostram nem fé em Deus nem lealdade para com Sua verdade. Fizeram-se propostas que, se executadas, afastariam do caminho estreito e reto. ME2 186 4 Pensam alguns que se fossem pagos vencimentos mais elevados a homens de talento superior, esses homens ficariam entre nós; então, realizar-se-ia mais trabalho, de maneira mais cabal, e a causa da verdade ocuparia mais elevado plano. ME2 186 5 Relativamente a esta questão, recebi instruções de Alguém que jamais erra. Imaginai que esse plano fosse seguido: "Quem", pergunto eu, "é competente para medir a genuína utilidade e a influência de seus coobreiros?" Homem algum se acha habilitado a julgar da utilidade de outro no serviço de Deus. ME2 186 6 A posição ou o ofício que um homem possa ocupar não é a única indicação de sua utilidade na causa de Deus. É o desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo mediante santificação do espírito, que lhe dará influência para bem. Na estimativa de Deus, o grau de sua fidelidade determina o valor do serviço que presta. ME2 187 1 Deus só aceita os serviços daqueles que são participantes da natureza divina. Sem Cristo, o homem nada pode fazer. O amor para com Deus e o homem, unicamente, coloca os seres humanos em terreno vantajoso para com Deus. Obediência à ordem divina habilita-nos a tornar-nos cooperadores de Deus. O amor é o fruto produzido pela árvore cristã, fruto que é como as folhas da árvore da vida para a cura das nações. -- Manuscrito 108, 1903. As necessidades e confortos da vida ME2 187 2 Deve haver no tesouro do Senhor recursos suficientes para dar sustento apropriado aos que consagram seu tempo à obra de salvar almas. Não lhes deve ser regateado seu justo salário. Os que estão prontos a trabalhar para o Mestre não devem ser deixados em falta do necessário à vida. Devem ser habilitados a viver confortavelmente, e terem também suficiente, de maneira que possam fazer donativos à causa de Deus; pois acontece freqüentemente esperar-se que estejam à frente no fazer ofertas. -- Manuscrito 103, 1906. Livres de empreendimentos mundanos e deveres que se chocam ME2 187 3 Muitas coisas há que precisam ser ajustadas, que serão ajustadas caso nos apeguemos estritamente aos princípios. Foi-me dada instrução especial quanto a nossos ministros. Não é a vontade de Deus que busquem ser ricos. Não se devem meter em empreendimentos mundanos, pois isto os inabilita para dedicar suas melhores energias às coisas espirituais. Devem, porém, receber ordenados suficientes para se sustentarem a si e a sua família. E não devem ser postos sobre eles tantos encargos que não lhes seja possível dar a devida atenção à igreja de seu próprio lar. É seu dever ensinar seus filhos como fez Abraão, a guardar o caminho do Senhor, e a fazer justiça e juízo. ... ME2 188 1 Lembrem os ministros e professores que Deus os considera responsáveis pelo desempenho de seu cargo da maneira melhor segundo sua capacidade, e porem na obra suas melhores faculdades. Não devem assumir deveres que se choquem com a obra que Deus lhes deu. Quando ministros e professores, continuamente opressos pela preocupação de responsabilidades financeiras, sobem ao púlpito ou entram na sala de aulas cansados e abatidos, com o cérebro a latejar e nervos esgotados, que se pode esperar senão que seja usado fogo comum em lugar do fogo sagrado ateado por Deus? Os tensos e esfrangalhados esforços magoam o orador e decepcionam os ouvintes. Ele não teve tempo de buscar o Senhor, não teve tempo de pedir com fé a unção do Espírito Santo. Não mudaremos esta maneira de trabalhar? -- Manuscrito 101, 1902. Evitai cultivar gostos dispendiosos ME2 188 2 Os obreiros devem despertar para ver mais longe. Em muitos a abnegação e o sacrifício se acham mortos, e esses elementos precisam voltar à vida. Os homens devem compreender que os grandes ordenados que pleiteiam estão minando o tesouro do Senhor. Eles estão ligando o dinheiro de Deus a interesses particulares, e por suas ações, dizendo ao mundo: "O meu Senhor tarde virá." Mateus 24:48. Não será isto mudado? Quem se elevará à altura do grande exemplo do Obreiro-Mestre? -- Carta 120, 1899. ME2 188 3 Não faleis acerca de vossos escassos ganhos. Não cultiveis o gosto dos dispendiosos artigos de vestuário ou mobília. Avance a obra como começou, em simples abnegação e fé. Permiti que penetre uma ordem diferente de coisas. -- Carta 94, 1899. Requer-se agora o espírito de abnegação dos primitivos dias ME2 188 4 Requer-se agora tanta abnegação como quando iniciamos a obra, quando éramos apenas um punhadinho de gente, quando sabíamos o que significava abnegação, o que queria dizer sacrifício, quando procurávamos fazer saírem as revistazinhas, os pequenos folhetos que deviam ir aos que estavam em trevas. Poucos há dos que fazem parte do escritório hoje, que estivessem conosco então. Por anos não recebemos pagamento algum, a não ser o que mal dava para fornecer-nos o mais simples em alimentação e vestuário. Alegrávamo-nos de usar roupas em segunda mão, e por vezes quase não tínhamos comida suficiente para nos sustentar as forças. Tudo o mais era posto na obra. Depois de algum tempo meu marido recebia seis dólares por semana, e com isso vivíamos, e eu trabalhava com ele na causa. Outros trabalhavam de maneira idêntica. ... ME2 189 1 Os que entraram para continuar a obra, depois de haver ela se tornado um êxito, devem andar muito modestamente. Manifestar o espírito de sacrifício. Deus intenta que as instituições aqui sejam levadas avante por meio de sacrifício, da mesma maneira por que foram postos os fundamentos. -- The General Conference Bulletin, 20 de Março de 1891, p. 184. ME2 189 2 Quando esta obra for feita como deve ser, quando trabalharmos com zelo divino para acrescentar conversos à verdade, o mundo verá que a mensagem da verdade é acompanhada de poder. A união dos crentes dará testemunho do poder da verdade, que pode levar à perfeita harmonia homens de disposições diversas, tornando seus interesses um só. ME2 189 3 As orações e ofertas dos crentes aliar-se-ão a esforços sinceros, abnegados, e eles serão na verdade um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Homens converter-se-ão de novo. A mão que dantes procurava a recompensa em maiores remunerações tornou-se a mão ajudadora de Deus. Os crentes unem-se por um único interesse -- o desejo de formarem centros de verdade onde Deus seja exaltado. Cristo os liga por santos laços de união e amor, laços que têm poder irresistível. ME2 189 4 Foi por esta união que Jesus orou imediatamente antes de Seu julgamento, apenas a um passo da cruz. "Para que todos sejam um", disse Ele, "como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:21. -- Carta 32, 1903. ------------------------Capítulo 21 -- Obreiros de nossas instituições Conseguir o melhor de todos os talentos ME2 190 1 De quando em quando tenho-me sentido impelida pelo Espírito do Senhor a apresentar um testemunho aos nossos irmãos, a respeito da necessidade de conseguir o melhor de todos os talentos para trabalhar em nossas várias instituições e nos numerosos outros departamentos de nossa causa. Os que assim se unem à obra devem ser homens preparados, homens a quem Deus possa ensinar e possa honrar com sabedoria e entendimento, como fez com Daniel. Devem ser homens que pensem, homens que tenham o beneplácito de Deus, e que estejam a progredir constantemente na santidade, na dignidade moral, e na excelência do serviço que prestam. Se são homens que se desenvolvem, se possuem mente que raciocine, e inteligência santificada, se escutam à voz de Deus e buscam apanhar todo raio de luz do Céu, hão de, como o Sol, seguir um curso sem desvios, e crescerão em sabedoria e em favor para com Deus. ... ME2 190 2 Os que são postos em posições de liderança em relação com nossas instituições devem ser homens que possuam suficiente largueza de espírito para respeitar os de intelecto culto, e que os recompensem proporcionalmente às responsabilidades que mantêm. Certo, os que se empenham na obra do Senhor não o devem fazer meramente pelo salário que recebem, mas para honrar a Deus, promover Sua causa, e alcançar riquezas imperecíveis. Ao mesmo tempo não devemos esperar que os que são capazes de assumir um trabalho que exija reflexão e esforço penoso, e de fazê-lo com exatidão e de modo completo, não devam receber maior compensação do que o obreiro menos hábil. Deve-se dar ao talento a justa estima. Os que não sabem apreciar o trabalho fiel e a habilidade mental não devem ocupar a posição de gerentes de nossas instituições, pois sua influência tenderá a estorvar a obra, a erguer barreiras ao seu progresso e a rebaixá-la a um nível inferior. ME2 191 1 Se nossas instituições hão de ser prósperas como Deus pretende que sejam, terá de haver mais reflexão e oração fervorosa, combinadas com inabalável zelo e hábil trabalho. Ajustar para o trabalho essa classe de obreiros pode requerer maior dispêndio de meios. Mas, conquanto seja necessário que se exerça economia em tudo que é possível, ver-se-á que os esforços de alguns espíritos estreitos para poupar meios mediante o emprego de pessoas que trabalham por salário baixo, e cujo trabalho corresponde em qualidade à pequenez de seu salário, no fim resultará em perda. O progresso da obra será retardado e a causa apoucada. -- Carta 63, 1886. Salário dos obreiros de instituição ME2 191 2 A obra de publicações foi fundada sobre sacrifício; tem-se mantido por especial providência de Deus. Iniciamo-la em grande pobreza. Mal tínhamos o bastante para nos alimentar e vestir. Quando as batatas eram escassas, e por elas tínhamos que pagar alto preço, substituíamo-las por nabos. Seis dólares por semana foi tudo que recebemos nos primeiros anos de nossos labores. Tínhamos família numerosa; mas limitamos nossas despesas aos nossos recursos. Não podíamos comprar tudo que desejávamos; tínhamos que restringir nossas necessidades. Mas estávamos resolvidos a proporcionar ao mundo a luz da verdade presente; e entrelaçávamos com o trabalho espírito, alma e corpo. Trabalhávamos cedo e tarde, sem descanso, sem o estímulo dos salários. ... E Deus estava conosco. À medida que a prosperidade acompanhou a obra de publicações, os salários foram aumentados, como aliás deviam ser. Escala de salários, mas com eqüidade ME2 192 1 Quando eu estava na Suíça, veio-me de Battle Creek, a notícia de que se elaborara um plano segundo o qual ninguém que trabalhasse no escritório ganhasse mais de doze dólares por semana. Disse eu: Isto não vai dar certo; alguns terão necessidade de receber mais do que isso. Mas o dobro desta importância não deve ser dada a homem algum que trabalhe no escritório; pois se alguns poucos sacam do tesouro tão grande importância, não se pode fazer justiça a todos. Salários altos concedidos a poucos, é o plano do mundo; ao passo que outros, em tudo tão merecedores como aqueles, recebem muito menos. Isto não é justiça. ME2 192 2 O Senhor quer ter homens fiéis, que O amem e temam, ligados a todas as escolas, todas as oficinas tipográficas, instituições de saúde e casas publicadoras. Seus salários não devem seguir a norma do mundo. Deve, quanto possível, ser exercido ótimo juízo no sentido de manter, não uma aristocracia, mas igualdade, que é a lei do Céu. "Vós todos sois irmãos." Mateus 23:8. Não devem uns poucos exigir salário elevado, e semelhante salário não deve ser apresentado como incentivo para conseguir pessoas de talento e habilidade. Isto seria colocar as coisas sobre princípio mundano. O aumento do salário traz consigo um correspondente aumento de egoísmo, orgulho, ostentação, satisfação própria, e extravagâncias desnecessárias, que não possui o povo que faz tudo que pode para devolver seus dízimos e apresentar a Deus suas ofertas. Vê-se pobreza em todas as suas fronteiras. O Senhor ama uns, justamente como os outros, com a exceção de que as almas que amam a Deus e se esforçam por segui-Lo, sacrificando-se, humildes e contritas, sempre são conservadas mais achegadas ao grande coração de Infinito Amor, do que o homem que se sente na liberdade de possuir todas as coisas boas desta vida. Não copiar as normas do mundo ME2 192 3 Tenho tido muitos testemunhos no sentido de que não devemos copiar as normas do mundo. Não devemos ceder à inclinação de agarrar tudo que nos seja possível obter, para gastar nossos meios em vestuário e luxos da vida, como fazem os mundanos. Não nos torna uma partícula mais felizes o viver para nos agradar a nós mesmos. O desnecessário dispêndio de meios está roubando o tesouro de Deus; e alguém terá que suprir a deficiência. Os recursos para promover o reino de Cristo no mundo são grandemente limitados porque homens roubam a Deus em dízimos e ofertas. ME2 193 1 Não prevaleça por um momento a idéia de que o poder do homem, de exigir salário elevado, seja a medida de seu valor à vista de Deus, como obreiro. Aos olhos do mundo, o valor do homem é estimado por: "Quanto vale ele, em dinheiro?" Mas os livros do Céu registram seu valor em proporção ao bem que ele realizou com os meios que lhe foram confiados. No temor e amor de Deus, com os seus talentos inteiramente santificados, para promoverem a glória de Deus, o homem pode mostrar seu verdadeiro valor, e há de fazê-lo. Unicamente quando a recompensa for dada a todo homem na proporção em que seu trabalho for estimado no juízo, é que se poderá saber quanto ele mandou antecipadamente para o Céu. ME2 193 2 Por anos tenho apresentado meu testemunho contra a escassa soma paga a alguns de nossos ministros. Indagai, buscai nos livros, e vereis que tem havido trato muito mesquinho com alguns de nossos ministros. A comissão de revisores de contas precisa entender de seu negócio e ter o espírito de Cristo. Há nessa comissão alguns homens de espírito estreito, homens que não têm verdadeira idéia da abnegação e sacrifício exigidos do ministro de Deus. Não têm a devida apreciação do que significa deixar o lar, esposa e filhos e tornar-se missionários de Deus, trabalhando pelas almas como quem delas tem de dar contas. O verdadeiro ministro de Deus transformará em sacrifício sua vida toda. A advertência em Salamanca ME2 193 3 Quando me achava em Salamanca, Nova Iorque, em Novembro de 1890, foram-me apresentadas muitas coisas. Foi-me mostrado que penetrava no escritório um espírito que Deus não aprovava. Ao passo que alguns recebem salário elevado, outros há que através de anos têm trabalhado fielmente em seu posto, recebendo muito, muito menos. Foi-me repetidamente mostrado que a ordem de Deus não deve ser derribada nem extinto o espírito missionário. ... ME2 194 1 Sei que existem os que praticam muita abnegação para devolver seus dízimos e fazer ofertas à causa de Deus. Os que estão na chefia da obra devem proceder de modo que possam, sem enrubescer, dizer: "Vamos, procedamos com respeito mútuo nesta obra que foi iniciada com sacrifício, e é mantida por constante abnegação." O povo não deve exceder aos que se acham na chefia de nossas instituições, quanto à prática da economia e a restrição de suas necessidades. -- Manuscrito 25a, 1891. Perspectiva dos perigos que ameaçaram em 1890 ME2 194 2 Fico alarmada com a perspectiva, tanto para o sanatório como para a casa publicadora de Battle Creek, e nossas instituições em geral. Tem estado a manifestar-se em nossas instituições, e a avolumar-se ano a ano, um espírito de espécie inteiramente diversa daquele que o Senhor revelou em Sua Palavra como devendo caracterizar os médicos e obreiros ligados às nossas instituições de saúde e à obra de publicações. Tem-se acariciado a idéia de que os médicos do sanatório e os homens em posições de responsabilidade na casa publicadora não estejam sob obrigação de ser controlados pelos princípios cristãos de abnegação e sacrifício. Esta idéia, porém, tem sua origem nos concílios de Satanás. Quando os médicos revelam o fato de que pensam mais nos salários que vão receber, do que na obra da instituição, mostram que não são homens em quem se possa confiar como sendo abnegados, servos de Cristo tementes a Deus, fiéis em fazer a obra do Mestre. Homens dominados por desejos egoístas não devem ficar ligados a nossas instituições. ... ME2 194 3 Deus requererá dos homens uma retribuição proporcional ao valor que se dão a si mesmos e a seus serviços, pois serão julgados segundo suas ações, e por uma norma em nada inferior à que eles mesmos estabeleceram. Se consideraram seus talentos como de grande valor, e colocaram em alta estima as suas habilidades, requerer-se-lhes-á que prestem serviço proporcional a sua própria avaliação e demandas. Oh! quão poucos são os que têm verdadeira familiaridade com o Pai ou com Seu Filho Jesus Cristo! Se estivessem imbuídos do espírito de Cristo, fariam as obras de Cristo. "Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filipenses 2:5. Os talentos pertencem a Deus ME2 195 1 Disse Aquele que julga retamente: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. Todos os talentos, grandes ou pequenos, foram confiados aos homens por Deus, para serem empregados em Seu serviço, e quando os homens usam sua habilidade simplesmente para si mesmos, e não têm o cuidado especial de trabalhar em harmonia com os que estão na prática médica, e que são da mesma fé, revelam eles sua tendência de julgar esses homens por si mesmos; não procuram atender à oração de Cristo, para que sejam um, como Ele é um com o Pai. Quando exigem preços exorbitantes para seus serviços, Deus, o Juiz de toda a Terra, os julgará segundo a medida de sua própria estima exagerada, e deles requererá segundo a plenitude do valor que se atribuíram. ME2 195 2 Visto como julgam de seu valor segundo o ponto de vista monetário, Deus julgará suas obras, comparando seus serviços com a avaliação que deles fizeram. A menos que se converta, ninguém dos que assim exageram o valor de sua habilidade, jamais entrará no Céu, pois sua influência pessoal no serviço de Cristo nunca equilibrará os pratos da balança de sua estima de si mesmo ou do que exige pelos serviços que prestou aos outros. ... ME2 195 3 Aquele que é egoísta e ganancioso, ávido por conseguir cada dólar que por seus serviços possa obter de nossas instituições, está retardando a obra de Deus; na verdade já tem sua recompensa. Não pode ser considerado digno de que se lhe confie a eterna, celestial recompensa nas mansões que Cristo foi preparar para os que negam o próprio eu e tomam a cruz e O seguem. A aptidão dos homens, de entrarem de posse da herança adquirida por sangue, é testada durante o período de prova desta vida. Os que possuem o espírito de sacrifício manifestado em Cristo, quando Se deu a Si mesmo para salvação do homem caído, esses são os que hão de beber o cálice e ser batizados com o batismo do Redentor, e participarão de Sua glória. -- Carta 41, 1890. Importância da renúncia ME2 196 1 Foi-me mostrado que o escritório das publicações não deve ser dirigido segundo os mesmos princípios que regem outras casas editoras; pois é qualquer coisa como uma escola de preparo. Cada um dos a ela ligados deve ser missionário fiel, e trabalhar conforme os mesmos princípios que a trouxeram à existência. A abnegação deve caracterizar todos os obreiros. ... ME2 196 2 A abnegação deve caracterizar os homens empregados em posições de responsabilidade no escritório, e devem ser um exemplo a todos os obreiros. O escritório foi fundado mediante abnegação, e o mesmo espírito deve ser manifestado e mantido. Deve ser conservado em mente o grande objetivo. Esta é obra missionária, e os que não possuem espírito missionário não devem continuar na obra. -- Carta 5, 1892. Ameaça a todas as nossas instituições ME2 196 3 Paulo já via os males que sobreviriam à igreja, e declarou: "Estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura ao marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo." 2 Coríntios 11:2, 3. ME2 196 4 Este é o mal que hoje ameaça nossas escolas, nossas instituições, nossas igrejas. A menos que seja corrigido, porá em perigo a alma de muitos. Algum homem julgará que devia ser grandemente favorecido, porque está empenhado num ramo de trabalho que entre descrentes mereceria salário elevado. Tornando-se descontente, ele se venderá àquele que mais lhe ofereça. Para segurança dos princípios que devem controlar todos os que trabalham em nossas instituições, o Senhor me ordena a dizer a todos os que arcam sob responsabilidades: "Desligai-vos de todos esses, sem demora alguma; pois é este o fermento mau do orgulho e da cobiça." ME2 196 5 Medem-se por si mesmos, e comparam-se entre si. O pior que podeis por eles fazer é procurar conservá-los, mesmo que sejam redatores ou gerentes. Deus não está com semelhante homem, e não vos podeis com segurança apegar-vos a ele. Uma atmosfera de incredulidade lhe rodeia a alma. As comparações que fez, levaram-no a negócios dúbios. Diz ele de si para si: "Se Fulano recebe tal soma, eu deveria receber outro tanto." Ele se julga sábio, acima do que está escrito na lei, e se apodera de meios para seu próprio uso. Assim rouba ao tesouro. Deus considera isto tal qual o pecado de Acã. Ele vê que tais homens não podem dar à obra o molde devido. Não podem suprir as necessidades dos que labutam em campos árduos, que têm de ceder parte de seu salário às necessidades daqueles campos. Deus vê cada um desses casos, e executará juízo sobre os que assim se medem a si mesmos, cuidando egoisticamente de que recebam tudo que julgam dever receber. -- Manuscrito 97, 1899. Em perigo um aspecto característico da obra ME2 197 1 Em vista da grande obra que tem de ser feita, nossos obreiros devem estar dispostos a trabalhar por salário razoável. Mesmo que pudésseis obter salário elevado, deveis considerar o exemplo de Cristo, de vir ao nosso mundo e viver uma vida de abnegação. Justamente agora significa muito a importância de salário exigido pelos obreiros. Se reclamardes e receberdes salário elevado, abre-se a porta para outros fazerem o mesmo. Foi a exigência de salários altos por parte dos obreiros de Battle Creek que ajudou a estragar o espírito da obra ali. Dois homens lideraram esse movimento, e juntaram-se-lhes três ou quatro outros, e o resultado foi uma união num procedimento que, se fosse seguido pela maioria, teria destruído um dos aspectos característicos da obra desta mensagem. A causa da verdade presente foi fundada em abnegação e sacrifício. Esse espírito egoísta e ganancioso é inteiramente oposto aos seus princípios. É como a lepra mortífera, que com o tempo afetará o corpo todo. Tenho medo disso. Devemos ter cuidado, para não nos desviarmos do espírito simples e abnegado que assinalou nossa obra nos primeiros anos. ME2 198 1 Não achareis difícil exercer grande influência no Sanatório de _____. Se agirdes altruisticamente, não exigindo salário que julgaríeis dever naturalmente receber, o Senhor vos susterá em vossa obra. Se, por outro lado, pedirdes salário elevado, outro, e ainda outro julgarão que têm direito de exigir salário tão elevado como o vosso; e desta forma será usado o dinheiro que deveria ser despendido no desenvolvimento da obra da causa da verdade presente em outros lugares. ME2 198 2 Ao tomar decisões importantes, devemos ter em consideração todos os aspectos da questão. Devemos sempre lembrar-nos de que nos é dado um lugar na obra, para agirmos como agentes responsáveis. Alguns desejam seguir a maneira mundana na obtenção de seu salário; o Senhor, porém, não vê as coisas como aqueles homens as vêem. Ele olha aos nossos deveres e responsabilidades à luz do abnegado exemplo de Cristo. O evangelho tem de ser apresentado ao mundo de modo que preceito e exemplo se harmonizem. ME2 198 3 Nossos sanatórios não devem ser dirigidos segundo as praxes do mundo. Não deve ser considerado necessário que mesmo o diretor clínico obtenha um salário grande. Somos servos de Deus. -- Carta 370, 1907. Médicos e ministros convidados à abnegação ME2 198 4 Sinto-me impressionada a escrever-vos esta manhã, para vos pedir que cuideis de tratar todos os homens com eqüidade. Tenho sido instruída de que há perigo em seguirdes, com alguns médicos, um procedimento que lhes causará dano. Devemos fazer tudo que está em nosso poder para animar os talentos ministeriais, e também os de médicos, concedendo-lhes todas as vantagens razoáveis, mas há um limite para além do qual não devemos ir. ME2 198 5 Quando estivemos a procurar um médico para ocupar o cargo de diretor clínico do Sanatório de Loma Linda, um médico experimentado concordou em ir, sob certas condições. Estipulou determinada quantia como seus honorários, e disse que não iria por menos. Pensaram alguns que, visto como parecia difícil encontrar alguém, poderíamos convidar aquele médico, concordando com suas condições. Eu disse, porém, ao irmão [J. A.] Burden: "Não seria direito ajustar esse médico, e pagar-lhe tanto, quando outros, que trabalham tão fielmente como ele, recebem menos. Isto não é justiça, e o Senhor me instruiu de que não aprovaria semelhante discriminação." ME2 199 1 O Senhor pede abnegação em Seu serviço, e essa obrigação cabe aos médicos, assim como aos ministros. Temos perante nós uma obra intensiva, que requer meios, e devemos convocar ao serviço jovens que trabalhem como ministros e médicos, não por amor dos salários mais elevados, mas por causa das grandes necessidades da causa de Deus. O Senhor não Se agrada desse espírito de ganância de salários mais altos. Precisamos de médicos e ministros cujo coração seja consagrado a Deus, e que recebam ordens do maior Missionário-Médico que já andou na Terra. Contemplem eles Sua vida de abnegação, e depois façam sacrifício de boamente, a fim de que mais obreiros possam empenhar-se em semear a semente evangélica. Se todos trabalharem neste espírito, menores salários serão necessários. ME2 199 2 Alguns têm faltado neste ponto. Deus os tem abençoado com habilidade para prestar um serviço aceitável, mas têm deixado de aprender lições de economia, de abnegação e de andar humildemente com Deus. Suas exigências de salário elevado foram atendidas e eles se tornaram extravagantes no uso dos meios; perderam a influência para o bem que deviam ter exercido, e não foi com eles a mão prosperadora de Deus. ... Cuidado para não depositardes confiança demasiado grande naqueles que demandam salário alto como condição para se empenharem na causa do Senhor! Escrevo-vos isto como advertência. -- Carta 330, 1906. Conselho a um médico acerca de um salário fixo ME2 199 3 O plano de que haveis de receber, além do salário, qualquer dinheiro que possais ganhar em certos ramos de trabalho, abre uma porta de tentação que levará a maus resultados. Isto não é compreendido por vós nem por aqueles que prepararam esses artigos do contrato. Mas será meio de grande dano para vós, e acarretará vergonha à causa de Deus. Há neste plano um princípio errôneo, que tem de ser considerado. Coisa alguma deve ser deixada em estado frouxo. Tudo deve ficar firmemente combinado. Deveis receber como salário de vosso trabalho uma soma determinada, e viver dentro dos limites desta soma. ME2 200 1 Algo dessa espécie tem sido feito nas negociações com o Dr. U. É uma transação fraudulenta. Deus vê sua tendência e seu resultado. Este método de remuneração não deve ser levado a efeito nos sanatórios que devem ser fundados. Esta instituição lhe deve pagar por seus serviços uma importância adequada. E todos os que se acham ligados à instituição devem receber remuneração proporcional aos seus serviços. -- Carta 99, 1900. Proposta de porcentagem, desaconselhada ME2 200 2 Com relação à proposta feita pelo irmão V, considero a questão tal qual o irmão. Não nos é possível, desde o começo, adotar o plano dos salários elevados. Este foi o infortúnio dos irmãos em Battle Creek, e tenho algo a dizer sobre este ponto. Temos à nossa frente um vasto campo de trabalho missionário. Temos de estar certos de que levemos a sério os reclamos de Cristo, que fez de Si mesmo uma dádiva ao nosso mundo. Nada do que nos seja possível fazer deve deixar de ser feito. Deve haver asseio e ordem, e deve ser feito tudo que seja possível para mostrar perfeição em todos os ramos. Mas quando se pensa em pagar vinte e cinco dólares por semana, e dar grande porcentagem sobre os trabalhos de cirurgia, foi-me dado esclarecimento sobre isso na Austrália, de que isso jamais se poderá fazer, porque nosso registro corre perigo. Foi-me apresentada a questão de que muitos sanatórios teriam de ser fundados no sul da Califórnia, pois haveria grande afluxo de pessoas para lá. Muitos buscariam aquele clima. ME2 200 3 Temos de ficar nos limites do conselho de Deus, cada um de nós preparado para seguir o exemplo de Jesus Cristo. Não podemos concordar que se paguem salários extravagantes. Deus requer de Seus submédicos a aquiescência ao convite: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:29, 30. -- Carta 309, 1905. "Não exijais salário elevado" ME2 201 1 Teria muito prazer em ver-vos e falar convosco. Tenho um intenso desejo de que copieis o modelo dado na Palavra de Deus. ... ME2 201 2 Dr. W., insto convosco para que não exijais salário elevado. Se o fizerdes, outros seguirão vosso exemplo; e se isto for permitido, logo veremos que as receitas do sanatório serão todas absorvidas para pagamento de salários, e não haverá ninguém para levar a cabo o trabalho missionário nos países estrangeiros. ME2 201 3 Escrevo-vos isto porque entendo do que estou falando. O Senhor está provando o Seu povo. Meu esposo e eu passamos por este terreno, e por não termos pedido salário elevado, mas estarmos dispostos a trabalhar com abnegação e sacrifício, o Senhor abençoou-nos com Sua abundante graça. Se seguirdes um procedimento abnegado, sereis aos outros um exemplo que será uma bênção para a obra. Em vosso trabalho em _____, o sermão mais eficaz que pregastes foi quando vivestes os princípios da verdade em vossa família e revelastes vossa fervorosa devoção à causa. Sei de que estou falando quando assim me expresso. ME2 201 4 Deveria haver maior igualdade entre o salário dos ministros e dos médicos. De nossos ministros se espera que dêem um exemplo de liberalidade aos membros da igreja, e seu salário deve ser de molde a poderem fazer muitos donativos. -- Carta 372, 1907. Extravagância e influência ME2 201 5 Entre nossos ministros, médicos, professores e colportores, há necessidade de uma completa entrega da mente, do coração e da alma a Deus. ... Nem o vestuário, nem casas dispendiosas, nem um viver luxuoso conferem importância à obra. Mas um espírito manso e quieto é de grande valor à vista de Deus. A religião não torna o homem indelicado e ríspido. O crente verdadeiro, reconhecendo sua própria fraqueza, guardar-se-á em todos os pontos e porá em Deus toda a sua confiança. A verdadeira piedade cristã não pode ser forçada; é produto de um coração sincero. ... ME2 202 1 Deus chama a homens expeditos, homens de oração, homens práticos. Dispendiosa ostentação externa não eleva os homens e as mulheres à vista das pessoas de bom senso. Não é direito fazer um médico um extravagante dispêndio de recursos, e então debitar preços exorbitantes para fazer operações pequenas. Deus contempla todas essas questões em seu justo sentido. -- Manuscrito 34, 1904. Importante entrevista acerca de salários dos médicos ME2 202 2 [Na manhã de 4 de Dezembro de 1913, os irmãos dirigentes da União do Pacifico entrevistaram-se com a Sr. E. G. White em seu lar de Elmshaven, acerca da remuneração de nossos médicos de hospitais. Fez-se um relatório estenográfico da entrevista e a cópia traz uma nota manuscrita, da Sr. E. G. White, endossando-a, nestas palavras: "Isto está apresentado corretamente, e digo isto para benefício de outros. Queira o Senhor ajudar-nos, ensinar-nos e guiar-nos a cada passo, através de nossas dificuldades." Seguem as partes principais do relatório daquela entrevista. -- Compiladores] ME2 202 3 Presentes: Ellen G. White, Pastores F. M. Burg, G. W. Reaser, W. M. Adams, J. H. Behrens, C. L. Taggart, A. G. Christiansen, G. C. White; também C. C. Crisler. ME2 202 4 Depois das apresentações e saudações, o Pastor G. C. White disse em parte: ME2 202 5 Todo o dia de ontem estivemos considerando os interesses de nossas várias escolas na União do Pacífico. Nessas escolas, localizadas em Angwin, Lodi, Fernando, Armona e Loma Linda, há entre seiscentos e setecentos estudantes, preparando-se. Ficamos animados, ao juntos tomar conselho acerca dessas escolas. ME2 202 6 Hoje devemos passar a considerar os problemas dos sanatórios, particularmente a questão dos salários que devemos pagar aos médicos e cirurgiões. Temos em nosso sanatório de _____ um médico temente a Deus, que granjeou a confiança de todos os seus companheiros -- homem a quem Deus abençoou grandemente em seus cuidados aos doentes. Deseja ele ficar, e todos querem que fique; e julga ele que será justo que fique, se os irmãos lhe concederem um salário cerca de duas vezes o que é pago aos obreiros em geral. Ele tem prazer em dar liberalmente, e deseja ter fundos para usar para esse propósito e com eles viver. Estamos muito perplexos, e gostaríamos de saber se a senhora tem algum esclarecimento neste assunto. ME2 203 1 Irmã White: Se ele receber consideravelmente mais do que outros médicos, eles acabarão crendo que não são tratados com justiça a menos que também recebam mais. Temos de agir cautelosa e avisadamente, e não permitir que os salários subam tanto que muitos sejam tentados. Talvez tenha que se dar uma baixa, em vez de alta, nos salários dos médicos, porque há grande obra por fazer. A menos que tenhais alguma clara orientação por parte do Senhor, não é recomendável pagar a um homem consideravelmente mais do que a outro que faça trabalho semelhante. Pois, se isso fizerdes, os outros acharão perfeitamente adequado esperar salários semelhantemente elevados. Temos de olhar a todas as coisas de todos os ângulos, e nada nos adiantará concluir que possamos oferecer a um obreiro de êxito um salário elevado, simplesmente por ele o pedir. Temos, antes, de considerar o que nos é possível fazer presentemente, quando se estão abrindo campos nos quais teremos de despender, daqui por diante, muito mais recursos do que temos despendido até aqui. Estas são questões que hão de provar a fé de nosso povo. ME2 203 2 G. C. White: Elas provam a nossa fé, Mamãe -- especialmente quando um grupo de obreiros trabalhou com um homem até aprenderem a amá-lo e admirá-lo, e crerem que ele possa fazer trabalho melhor do que qualquer outro. Então é natural que julguem ser errado reterem os irmãos, dele, aquilo que ele poderia usar com vantagem. Pensam eles: "Que são mil dólares, ou mil e quinhentos dólares, a mais, se isso envolve a vida?" Dizem eles: "Aqui estão este e aquele casos que ele acaba de salvar, e outro ainda cuja vida salvou"; e acham eles que seria horrivelmente mesquinho de nossa parte não satisfazer a seus reclamos. Dizem: "Não existe quem tenha que trabalhar e sofrer tanto como um cirurgião. Pensai nas horas de árduo labor, de ansiedade, de angústia mental que tem de sofrer, quando uma vida preciosa está presa por um delgado fio." ME2 204 1 Mas, por outro lado, considerando este assunto, temos de nos lembrar de que outras instituições são influenciadas por nossa ação. Vemos um sanatório necessitado, a lutar, situado em lindo local, em condições de fazer uma grande obra, e com toda perspectiva de ganhar dinheiro se tão-somente pudessem ter um médico brilhante; e podem conseguir um bom médico se forem animados a pagar apenas trezentos ou quinhentos dólares mais do que a escala de salários recomenda. Dizem: "Se tão-somente os irmãos nos deixarem pagar uns poucos dólares mais do que recomendaram, poderemos ganhar cinco mil dólares para cobrir esta pequena despesa adicional com salários." E assim parece -- quando consideramos o caso do ponto de vista comercial. ME2 204 2 Irmã White: Os irmãos vêem, há um egoísmo na base disso, com o que o Senhor não está satisfeito. Temos de trabalhar harmonicamente. É pela ação harmônica que nossa obra deve ser levada para a frente, e alguns terão uma temporada muito difícil. Outros terão mais facilidade. Mas todas estas coisas terão de ser aceitas justamente como nos vêm, e os obreiros devem lembrar-se do muito que Jesus deu ao vir ao nosso mundo. Penso nisso muito repetidamente, e parece-me que poderemos fazer trabalho excelente se dermos bom exemplo. Mas se desejarmos aquilo que a maioria de nossos irmãos não estão em condições de aceitar, isto prejudica nossa influência. Um irmão diz: "Este ou aquele irmão tem determinado salário, e eu devo ter salário correspondente." E assim os salários subirão, e continuarão subindo, cada vez mais. Fato é que o salário de alguns talvez tenha que ser diminuído mais e mais, a fim de que possamos satisfazer os extensos reclamos da obra que está diante de nós, de advertir o mundo. ... ME2 204 3 Em anos passados, quando esta questão de salários esteve em estudo, eu disse a meus irmãos que o Senhor sabe tudo acerca do espírito que nos leva à ação, e que Ele pode volver as questões a nosso favor, em ocasiões em que não esperamos. Ao darmos bom exemplo, as bênçãos do Senhor repousarão sobre nós. Tenho visto o Senhor operar de muitas maneiras e em muitos lugares, para ajudar aqueles mesmos que olham a essas questões do modo certo e dão um exemplo de sacrifício. E, irmãos, ao trabalhardes fervorosamente, devotamente, humildemente, no espírito de Cristo, Deus abrirá portas diante de vós. O povo verá vossa abnegação. ME2 205 1 Por vezes, quando meus irmãos têm vindo ter comigo, procurando conselho quanto ao deverem ou não reclamar salário mais alto, tenho-lhes dito que poderiam ganhar alguns recursos pedindo salário mais elevado, mas que a bênção de Deus acompanhará os que seguem procedimento diverso. Deus vê a abnegação; o Senhor Deus de Israel vê todos os motivos; e quando chegardes a uma situação difícil, os anjos de Deus ali estão para vos ajudar, e dar-vos vitória após vitória. ME2 205 2 Tenho sido muito explícita em aconselhar meus irmãos a não reclamar salário alto, pois este não é o motivo impelente que nos leva a gastar nossas energias na obra de salvar almas. ME2 205 3 Não devemos permitir que a questão do salário impeça nosso atendimento ao chamado do dever, onde quer que seja preciso nosso serviço. O Senhor pode dirigir as coisas de modo que nossos trabalhos sejam acompanhados de uma bênção que exceda em muito qualquer compensação que possamos receber ou não; e Ele dará aos Seus servos palavras para pronunciarem, as quais serão da mais alta importância às almas que perecem. ME2 205 4 O povo está faminto e sedento de auxílio do Céu. Tenho procurado pôr em prática esses princípios de sacrifício, e sei de que falo quando digo que a bênção de Deus repousará sobre vós se puserdes em primeiro lugar o chamado do dever. Folgo por este privilégio de, esta manhã, testificar perante vós que o Senhor muitas e muitas vezes tem mudado as coisas de tal modo a nos dar mais do que poderíamos pedir. ME2 205 5 O Senhor provará os Seus servos; e se se Lhe demonstrarem fiéis, e Lhe confiarem os seus casos, Ele os ajudará em todos os tempos de necessidade. ME2 205 6 Não somos coobreiros de Deus pelo salário que possamos receber em Seu serviço. É certo, irmãos, que precisais receber salário com o qual possais manter a família; mas se começardes a estipular exatamente quanto quereis receber, podereis demonstrar-vos uma pedra de tropeço a algum outro, que talvez não tenha a disposição que tendes, de ser liberal; e o resultado será confusão. Outros pensarão que nem todos são tratados em pé de igualdade. Logo achareis que a causa de Deus será entravada; e este resultado não desejareis constatar. Desejais ver a causa de Deus colocada sobre terreno vantajoso. Por vosso exemplo, assim como pelas palavras, deve o povo ter uma viva certeza de que a verdade recebida no coração gera o espírito de abnegação. E ao prosseguirdes neste espírito, muitos vos hão de seguir. ME2 206 1 O Senhor deseja que Seus filhos procedam dessa maneira abnegada, pronta a fazer sacrifícios, que nos há de trazer a satisfação de ter cumprido bem o dever, por isso que é um dever. O Filho unigênito de Deus entregou-Se a uma morte ignominiosa na cruz, e deveríamos nós queixar-nos por causa dos sacrifícios que somos chamados a fazer? ME2 206 2 Durante minhas horas insones, na calada da noite, tenho pleiteado com o Senhor, para que guarde nossos irmãos da tendência de prometer ir aqui e ali, com a combinação de receberem salário um pouco mais alto. Se forem com espírito de sacrifício, confiando nEle, o Senhor concederá à mente e ao caráter uma força que os susterá, e o êxito será o resultado. ME2 206 3 No futuro, nossa obra há de ser levada avante com abnegação e sacrifício, mesmo maiores do que temos visto nos anos passados. Deus deseja que confiemos a Ele nossa alma, a fim de que Ele opere por meio de nós de múltiplas maneiras. Preocupo-me intensamente com essas questões. Irmãos, andemos em humildade e mansidão de espírito, e coloquemos diante de nossos companheiros um exemplo de sacrifício. Se com fé fizermos a nossa parte, Deus ante nós abrirá caminhos não sonhados ainda. ... ME2 206 4 Se alguém se propõe fazer alguma coisa que não esteja de acordo com os princípios de sacrifício nos quais se baseia nossa obra, lembremo-nos de que um toque da mão de Deus pode eliminar todo o aparente benefício, porque não era para glória de Seu nome. -- Manuscrito 12, 1913. Atendendo a uma emergência ME2 207 1 Se, quando necessitados de recursos, deixais partir vossos obreiros competentes, para que cuidem de atividades suas próprias, dentro em pouco haveis de desejar tê-los de volta. A questão das finanças pode ser dirigida corretamente, se todos os obreiros estiverem dispostos, quando houver escassez de meios, a aceitar salário menor. Este é o princípio que o Senhor me revelou como devendo ser introduzido em nossas instituições publicadoras. Haverá bastante que fazer, e vossa obra precisará desses mesmos homens. Não deveríamos todos estar dispostos a restringir nossas necessidades, num tempo em que é tão escasso o dinheiro? ME2 207 2 Meu marido e eu trabalhamos segundo este princípio. Dissemos: "A casa publicadora é instituição do Senhor, e nós havemos de poupar, reduzindo o mais possível as nossas despesas." O Senhor requer sacrifício de todos os Seus servos, a fim de fazer progredir Sua obra e fazer dela um êxito. Faça agora cada obreiro o melhor que puder para suster e guardar nossa instituição publicadora em _____. Não pensais que ao Senhor agradará ver este espírito controlando todas as nossas instituições? Temos de introduzir princípios na obra. Disse Jesus: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Lucas 9:23. Estamos dispostos a seguir a Cristo? -- Carta 25, 1896. ME2 207 3 Nossas instituições devem estar inteiramente sob a supervisão de Deus. Foram fundadas com sacrifício, e só com sacrifício pode sua obra ser levada avante com êxito. -- Carta 129, 1903. ME2 207 4 A sabedoria humana leva ao afastamento da abnegação, da consagração, e delineia muitas coisas que tendem a tornar sem efeito as mensagens de Deus. -- The Review and Herald, 13 de Dezembro de 1892. ------------------------Capítulo 22 -- Auxílio financeiro para habilitação de obreiros Auxílio prometido a jovens ME2 208 1 Deve tornar-se parte do labor evangélico ajudar a progredirem jovens promissores, que dêem prova de que o amor da verdade e da justiça tem sobre eles uma influência constrangedora, levando-os a dedicar-se à obra de Deus, como missionários médicos, como colportores, como evangelistas. Forme-se um fundo para levar a cabo esta obra. Então saiam os que receberam auxílio, para ajudar os doentes e sofredores. Esta obra por certo abrirá o caminho para o bálsamo de Gileade ser aplicado a almas presas do pecado. -- Manuscrito 35, 1901. Auxílio concedido aos nossos primeiros estudantes de medicina ME2 208 2 Meu marido e eu unimo-nos em tomar de suas humildes ocupações três jovens promissores, pondo na mão de cada um mil dólares, para que se educassem em ramos médicos. Esta fora a seleção que o Senhor pusera na mente de meu esposo. O Senhor dera esclarecimento e preferência a esses três jovens, e eles deviam dedicar-se ao trabalho de médicos. -- Carta 322, 1905. Habilitação de executivos e evangelistas ME2 209 1 Tem de haver uma aspiração mais elevada, não a procura de sobrepujar no dispêndio com grandes edifícios, e na ostentação, mas nas faculdades, nas aptidões, na capacidade de saber gerir esses grandes empreendimentos. Devem ser tomadas providências, investidos meios; conseguido um fundo para educar homens e mulheres de outras nacionalidades e em nosso próprio país, para habilitá-los a alcançar as classes mais elevadas. Temos demasiado pouco talento de trabalho nos diferentes ramos da causa. -- Carta 44, 1887. Empréstimos, melhor do que donativos ME2 209 2 Todas essas coisas devem ser feitas, como propondes, para ajudar os estudantes a obterem educação, mas eu vos pergunto: "Não devemos todos nós agir nesta questão desinteressadamente, e criar um fundo, e mantê-lo para dele tirar, nessas ocasiões?" Quando vedes um jovem, moço ou moça, que seja promissor, adiantai ou emprestai a soma necessária, com a idéia de que seja empréstimo, e não donativo. Será melhor proceder assim. Então, quando for devolvida a importância, pode ser empregada para educar a outros. Mas esse dinheiro não deve ser tirado do dízimo, mas sim de um fundo separado, criado para esse fim. Isto produziria uma sadia retidão, e caridade e patriotismo entre nosso povo. Tem de haver atenta consideração e um hábil ajuste da obra na causa de Deus em todos os seus departamentos. Não haja, porém, planos acanhados, mesquinhos, ao usar a porção consagrada para o sustento do ministério; pois então bem cedo o tesouro estaria vazio. -- Carta 40, 1897. ------------------------Capítulo 23 -- Conselho a um obreiro que, por motivos financeiros, planejava deixar a causa de Deus ME2 210 1 [A 3 de Novembro de 1892, o gerente de uma casa publicadora escreveu à Sr. E. G. White para informá-la de que resolvera deixar a instituição para aceitar um emprego fora da denominação, por motivo de dificuldades financeiras. Não conseguira viver dentro de suas receitas, tornara-se devedor à instituição na importância total de 1.244 dólares durante um período de oito anos. Ao mesmo tempo acumulara também uma dívida para com o sanatório. Ambas as instituições lhe pediam bondosamente que liqüidasse essas contas. Julgava ele que, nessas circunstâncias, seria justificado em deixar a obra denominacional em troca de trabalho fora, com salário mais elevado, com a esperança de saldar suas dívidas e a perspectiva de nunca mais voltar a trabalhar na causa de Deus. A carta a seguir é a resposta da Sr. White. -- Compiladores] ME2 210 2 Meu irmão, em vossa carta falais em deixar o escritório da Review. Sinto muito que estejais disposto a separar-vos da obra pelas razões que mencionais. Revelam elas que tendes uma experiência muito mais profunda por alcançar, do que a que tendes agora. Vossa fé é muito fraca. Outras famílias, muito mais numerosas que a vossa, mantêm-se sem uma palavra de queixume, com metade do salário que tendes. Nós passamos por essa experiência, e sei de que estou falando. É evidente que, quer permaneçais no escritório da Review, quer vos afasteis, tendes lições a aprender, as quais vos serão do mais alto interesse. Não me sinto em liberdade para dizer que permaneçais, pois a menos que sorvais mais profundamente da Fonte de águas vivas, vosso serviço não será aceitável a Deus. ME2 211 1 Não sei quem havia de ocupar a posição que vagaria no caso de a deixardes, mas se a obra que o Senhor deseja e anseia fazer for feita pela igreja de Battle Creek, estou certa de que Ele os ajudará em qualquer crise. Não quer Ele serviço forçado. A menos que Suas palavras encontrem entrada na alma, e levem o homem todo em sujeição a Cristo, o agente humano há de, quando tentado e provado, preferir sua própria inclinação em vez dos caminhos do Senhor. Eu tivera esperança de que a verdade que tem estado a brilhar em raios de luz claros e distintos depois da reunião de Mineápolis, inundasse vossa alma. Mas pelas cartas que escrevestes, sei que não estais andando na luz. ... ME2 211 2 Seja qual for a posição que um homem ocupe em relação com a casa publicadora, ele não deve receber uma soma exorbitante, pois Deus não opera desta maneira. Faltou-vos uma visão espiritual, e carecíeis da unção celestial, a fim de que vísseis que a obra de Deus foi fundada em sacrifício, e unicamente com sacrifício pode ser levada avante. ... ME2 211 3 Tem havido, ligados à casa publicadora, os que não sabem e não desejam saber por experiência quanto custou aos seus predecessores desenvolver a obra. Quando estes últimos obreiros aceitaram tomar parte nela, não entraram em parceria com Deus. Não reconhecem os princípios e condições que têm de governar o instrumento humano em cooperação com o divino. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Homem algum que não seja participante desse amor que se sacrifica, acha-se preparado para trabalhar por Deus. Muitos andam erradios ao longo do caminho, agarrados ao seu fardo de egoísmo, como se fosse precioso tesouro, cuidando diligentemente de seguir o seu próprio caminho. Quando baterem à porta do Céu, dizendo: "Senhor, Senhor, abre-nos!" muitos ouvirão as palavras: "Aqui não entrará ninguém senão os que estão em condições de receber a bênção celestial: 'Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor.' Mas te serviste fielmente a ti mesmo, trabalhaste no teu próprio interesse egoísta, foste bom para ti mesmo. Não juntaste um tesouro no Céu." ME2 212 1 Não nos é seguro, nem por um momento, nutrir indiferença e descuido em relação à salvação de nossa alma. Muitos terão de despertar e mudar seu procedimento, se é que se querem salvar. Estão sobre nós os perigos dos últimos dias. A ligação com a influência divina, mediante uma forte e viva fé operante, tão-somente, torna-nos coobreiros de Deus. Os que se querem poupar à parte da religião que requer abnegação e sacrifício, nunca serão participantes da glória de Cristo. Tem de haver devoto estudo e resoluto esforço da parte de todos os que hão de ganhar a coroa da vida. ME2 212 2 Não julgue ninguém que possa alegar quaisquer méritos por motivo de suas vantagens de nascimento ou posição ou educação. Como obtiveram essas vantagens? Unicamente por meio de Cristo. Deus concita a todos os que queiram ter vida eterna a que copiem o Modelo. Verdade e justiça são os primeiros princípios do evangelho, e os únicos princípios que Cristo há de reconhecer em qualquer agente humano. Tem de haver, de coração, uma entrega de nossa vontade a Deus; temos de renunciar a todos os nossos supostos méritos, e olhar à cruz do Calvário. Esta entrega a Deus envolve esforço da parte do agente humano, para cooperar com os instrumentos divinos; a vara tem de permanecer na videira. ... ME2 212 3 Muitos, oh, tantos! dentre os crentes mal têm alimento suficiente para matar a fome, e entretanto, em sua profunda pobreza, levam ao tesouro do Senhor os seus dízimos e ofertas. Muitos que sabem o que significa suster a causa de Deus em circunstâncias difíceis e probantes, têm investido meios na casa publicadora. Têm voluntariamente suportado durezas e privações, e têm cuidado do êxito da causa e por ele orado. Seus donativos e sacrifícios expressam a fervente gratidão e louvor do coração Àquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Não pode subir ao Céu influência mais fragrante que essa. Suas orações e suas esmolas apresentam-se a Deus como um memorial. ME2 213 1 Mas a obra de Deus é uma só, em toda a sua grande vastidão, e os mesmos princípios devem controlar, o mesmo espírito se revelar, em todos os seus ramos. Tem de apresentar a marca do trabalho missionário. Cada departamento da causa se relaciona com todas as partes do campo evangélico, e o espírito que controla um departamento, será sentido através do campo todo. Se parte dos obreiros recebem salário elevado, existem outros, em diferentes ramos da obra, que hão de reclamar salários mais elevados, e no grande coração da obra se extinguirá o espírito de sacrifício. Outras instituições se contagiarão com o mesmo espírito, e delas será removido o favor do Senhor, pois Ele jamais pode sancionar o egoísmo. Assim chegaria ao fim nosso trabalho intensivo. Só é possível levá-lo a cabo mediante sacrifício contínuo. De todas as partes do mundo chegam chamados pedindo homens e recursos para levar avante a obra. Teremos de ser forçados a dizer: "Tereis de esperar; não temos dinheiro no tesouro?" ME2 213 2 O irmão X conhece a história primitiva do trabalho no escritório; conhece os testemunhos que Deus lhe enviou, a ele e a outros, acerca de renúncia e sacrifício. Não ignora ele os muitos campos abertos, onde deve ser desfraldada a bandeira da verdade, e onde são necessários meios para firmar a obra. Se ele tivesse o espírito de Cristo, revelaria os sentimentos de Cristo. Desertores do exército do Senhor ME2 213 3 Desligando-se da obra de Deus no escritório, o irmão X fez justamente o que eu temera que fizesse. Se se tivesse negado a si mesmo, permanecendo em seu posto, em obediência à vontade de Deus, e por ser esta a obra divina, pondo seu coração inteiro na causa e assumindo suas responsabilidades e encargos como outros os têm assumido antes dele, embora não ganhasse ele financeiramente tanto quanto em negócios por sua conta -- tivesse ele feito isto, teria então tornado manifesto não ser oportunista. Mas quão grande era seu interesse no escritório, se se afastou quando bem quis, ao parecer-lhe ser de seu interesse assim proceder? Deveriam os soldados nas fileiras de Cristo agir dessa maneira? Se os soldados do exército de uma nação isso fizessem, seriam tratados como desertores, e como considera o universo celestial semelhantes soldados do exército de Cristo? Ninguém que se empenhe na obra de Deus com o devido apreço de sua santidade, poderia volver costas à obra para conseguir vantagens mundanas, quaisquer que fossem. ME2 214 1 Irmão Y, Deus tem sido muito misericordioso para convosco e com o irmão X. A vida, que tem sido tão precária em vós ambos, tem ele poupado graciosamente. Dias, meses e anos vos têm sido concedidos, oferecendo-vos oportunidades para desenvolver o caráter. Deus vos tem posto em ligação com Sua obra, a fim de que vos tornásseis imbuídos do espírito de Cristo. Cada dia, cada hora vos vem como um privilégio adquirido por sangue, para que não só opereis vossa própria salvação, mas sejais instrumentos para levar almas a Cristo, promovendo o Seu reino e manifestando a glória de Deus. Deus pede o coração, e a dedicação à obra. Os que de fato são coobreiros de Deus, arcarão com o peso da obra, e como o ministro por Ele comissionado, assim expressarão os seus sentimentos: "Ai de mim, se deixar de ser fiel e verdadeiro à minha posição de confiança!" ME2 214 2 Meu irmão, se não tendes no coração mais interesse na obra do que o indicado pelo fato de tão facilmente a poderdes deixar, nada tenho a dizer, nenhuma petição a vos fazer, no sentido de que continueis no escritório, ou para que o irmão X para lá volte. Vós ambos revelais que não sois homens nos quais se possa confiar. E o exemplo que fosse dado oferecendo-vos novos incentivos para continuardes, não seria agradável a Deus. ME2 214 3 De modo algum eu vos apresentaria, ou a qualquer outro homem, um suborno de dólares e centavos para que vos mantivésseis ligados à obra, qualquer que fossem os inconvenientes que esta pudesse por algum tempo sofrer por causa de vossa retirada. Cristo está ao leme. Se Seu Espírito não vos leva a serdes qualquer coisa, ou qualquer coisa fazerdes por amor da verdade, então só podereis aprender essa lição passando por provações. Deus provará a fé de toda alma. Cristo nos comprou com sacrifício infinito. Embora fosse rico, por nossa causa Se fez pobre, para que por Sua pobreza entrássemos de posse de riquezas eternas. Tudo que possuímos, de habilidade e intelecto, é tão-somente aquilo que o Senhor nos legou, para usarmos em Seu favor. É privilégio nosso sermos participantes do sacrifício de Cristo, se o quisermos. ME2 215 1 Os homens de experiência e piedade que iniciaram esta obra, que se negaram a si mesmos e não hesitaram em tudo sacrificar para que alcançasse êxito, dormem agora na sepultura. Foram os condutos designados por Deus, pelos quais foram comunicados à igreja os princípios de vida espiritual. Tiveram uma experiência do mais alto valor. Não podiam ser comprados nem vendidos. Sua pureza e dedicação e sacrifício, sua viva ligação com Deus, foram abençoados, para o erguimento da obra. Nossas instituições se caracterizavam pelo espírito de sacrifício. ME2 215 2 Em alguns aspectos, entretanto, a obra deteriorou. Ao passo que cresceu em extensão e recursos, ela tem minguado quanto à piedade. Nos dias em que lutávamos com a pobreza, aqueles que testemunharam quão maravilhosamente Deus operou para erguimento da causa, achavam que nenhuma honra maior lhes poderia ser concedida do que estar ligados aos interesses da obra por laços sagrados, que os ligavam a Deus. Haviam eles de depor o encargo e arrazoar com o Senhor, do ponto de vista pecuniário? Não, não! Que todos os oportunistas abandonassem seu posto de dever, eles jamais desertariam da obra. Haveriam de dizer: "Se o Senhor aqui me colocou, Ele deseja que eu seja mordomo fiel, dEle aprendendo dia a dia como executar o trabalho de modo aceitável. Ficarei no meu posto até que Deus me dispense. Saberei o que significa ser um cristão praticante, de todo o coração. Espero meu galardão, no final." ME2 215 3 Os crentes que, na história primitiva da causa, fizeram sacrifícios para o erguimento da obra, achavam-se imbuídos do mesmo espírito. Achavam que, de todos os ligados a Sua obra, Deus requeria uma consagração sem reservas, de alma, corpo e espírito, de todos os seus serviços e capacidades, a fim de tornar o trabalho um êxito. Chegaram a eles os testemunhos, reclamando para Deus todas as suas energias, em cooperação com os instrumentos divinos, e toda a aptidão acrescida pelo exercício de todas as faculdades. Maléficos resultados do egoísmo e cobiça ME2 216 1 Os que se separam de sua ligação com a causa do Senhor por algum incentivo mundano, podem pensar que têm ainda certa medida de interesse na causa de Deus; mas o egoísmo e a cobiça que espreitam no coração humano são paixões muito poderosas, e o resultado do conflito não é simples conjectura. A menos que a alma esteja todos os dias vivendo da carne de Cristo, e bebendo Seu sangue, o elemento piedoso será vencido pelo satânico. O egoísmo e a cobiça levarão a palma da vitória. O espírito confiante em si e independente nunca entrará no reino de Deus. São só os que são participantes da abnegação e sacrifício de Cristo que participarão de Sua glória. ME2 216 2 Os que reconhecem, mesmo em medida limitada, o que a redenção significa para eles e seus semelhantes, andarão pela fé, e compreenderão em certa medida as vastas necessidades da humanidade. Seu coração é tomado de compaixão ao contemplarem a vasta miséria de nosso mundo -- multidões sofrendo por falta de alimento e vestuário, e a pobreza moral de milhares de milhares, que estão sob a sombra de uma terrível condenação, em comparação com a qual o sofrimento físico se reduz a nada. A religião de Jesus Cristo alcançou vitórias maravilhosas sobre o egoísmo humano. A abnegação e sacrifício de Cristo estão sempre perante os que são coobreiros Seus, e sua vontade humana se submerge na vontade de Deus. ME2 216 3 Deus pretende que todos os que são coobreiros Seus, tenham uma rica experiência em relação ao Seu amor, e Seu poder de salvar. Nunca devemos dizer: "Não tenho experiência", pois Deus, que deu a Paulo uma experiência, revelar-Se-á a toda alma que O busque fervorosamente. Que disse Deus a Abraão? "Eu o tenho conhecido", disse Deus, que esquadrinha os corações, "que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dEle, para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo." Gênesis 18:19. Abraão cultivava a religião doméstica, e o temor do Senhor levava à integridade de vida. Aquele que abençoa a habitação dos justos diz: "Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar." Não há aí atraiçoamento de santos legados, não há hesitação entre o certo e o errado. O Santo deu regulamentos para a guia de todos -- a norma de caráter da qual ninguém pode desviar-se e ao mesmo tempo ficar sem culpa. A vontade de Deus deve ser diligente e conscienciosamente estudada, e deve-se-lhe dar prioridade em todos os negócios da vida. As leis a que todo instrumento humano deve obedecer dimanam do coração de amor infinito. ME2 217 1 O mesmo Santo Vigia que diz: "Eu conheço Abraão", conhecia também a Cornélio, e enviou o Seu anjo com uma mensagem ao homem que recebera e aproveitara toda a luz que Deus lhe dera. Disse o anjo: "As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus. Agora, pois, envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro." Então foram dadas as instruções específicas: "Este está com um certo Simão curtidor, que tem a sua casa junto do mar. Ele te dirá o que deves fazer." Atos dos Apóstolos 10:4-6. Assim o anjo do Senhor operou para estabelecer ligação entre Cornélio e o instrumento humano por meio do qual poderia ele receber maiores esclarecimentos. Estudai cuidadosamente o capítulo todo e vede a simplicidade de toda a ação. Então considerai que o Senhor conhece a cada um de nós por nome, e exatamente onde vivemos, e o espírito que possuímos, e cada ato de nossa vida. Os anjos ministradores estão percorrendo as igrejas, notando nossa fidelidade em nosso ramo individual de dever. ME2 217 2 Eles também tomam nota de nossa negligência do dever. Vede o caso de Ananias e Safira. Afirmando terem consagrado a Deus toda a sua posse, mentiram ao Espírito Santo, e em resultado desse engano perderam não só a vida presente, mas a que há de vir. É triste lidar alguém com coisas sagradas, e entretanto introduzir no serviço seus próprios traços peculiares de caráter, fazendo que Deus seja servido com os seus pecados. Deus deseja que eles, em seu posto de confiança, exemplifiquem os sentimentos de Cristo, mas entretecem em sua obra os traços objetáveis de caráter, e a sagrada causa de Deus é manchada por seu egoísmo. O Senhor sabe se os que arcam ao peso da responsabilidade são mordomos fiéis, mantendo estrita integridade em todas as transações, e imprimindo esse característico a todos os ramos de sua obra. ... ME2 218 1 Vosso coração está triste e pesaroso, mas não vos enganeis por mais tempo, nem espereis que homens e mulheres avaliem a luz que Deus lhes deu, provinda de Sua própria santidade, antes que abram o coração a Jesus. "Apoiai-vos em Mim", diz Ele, "confiai em Mim: Eu jamais vos faltarei; ser-vos-ei auxílio bem presente em todas as ocasiões de necessidade." ME2 218 2 Foi-me mostrado que todos os que ocupam agora posições importantes no escritório da Review, serão provados. Se fizerem de Cristo o seu modelo, Ele lhes dará sabedoria e conhecimento e entendimento; crescerão em graça e na aptidão quanto à maneira de agir de Cristo; seu caráter será moldado à Sua semelhança. Se deixarem de manter-se no caminho do Senhor, outro espírito lhes controlará a mente e o discernimento, e eles delinearão planos sem o Senhor, e seguirão seu próprio procedimento, abandonando as posições que têm ocupado. A luz foi-lhes concedida; se dela se afastarem, e seguirem seu próprio modo de agir, não lhes apresente homem algum um suborno para induzi-los a permanecer. Serão um estorvo e uma cilada. É chegado o tempo em que há de ser abalado tudo que pode ser abalado, a fim de que permaneçam as coisas que não podem ser abaladas. -- Carta 20a, 1893. ------------------------Capítulo 24 -- Palavras aos avançados em anos O sol da tarde -- Suave e produtivo ME2 221 1 O verdadeiro ministro de Cristo deve fazer progresso contínuo. O sol vespertino de sua vida pode ser mais suave e produtivo do que o sol matutino. Pode continuar a aumentar em tamanho e brilho até desaparecer atrás das colinas ocidentais. Meus irmãos no ministério, é melhor, muito melhor, morrer de trabalho árduo em algum campo missionário, nacional ou estrangeiro, do que enferrujar na inatividade. Não desmaieis diante de dificuldades; não vos contenteis com vos entregardes a uma vida ociosa, sem estudar e sem progredir. Examinai diligentemente a Palavra de Deus, em busca de assuntos que instruam os ignorantes e alimentem o rebanho de Deus. Tornai-vos tão possuídos do assunto, que sejais capazes de tirar da casa do tesouro de Sua Palavra coisas novas e velhas. ME2 221 2 Vossa experiência não deve contar dez, vinte ou trinta anos de idade, mas deveis ter uma experiência diária e viva, a fim de que estejais aptos a dar a cada qual sua porção de alimento a seu tempo. Olhai para a frente, não para trás. Nunca vos obrigueis a forçar a memória a fim de relatar alguma experiência do passado. Que significa isto hoje, para vós ou para os outros? Embora acaricieis tudo que há de bom em vossa experiência passada, precisais de uma experiência nova, mais brilhante, ao prosseguirdes. Não vos jacteis pelo que fizestes no passado, mas mostrai o de que sois capazes agora. Que vossas obras, e não vossas palavras vos louvem. Provai a promessa de Deus, de que "os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes, para anunciarem que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nEle não há injustiça". Salmos 92:13-15. Mantende jovem vosso coração e espírito, mediante exercício contínuo. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1886. Não há desculpa para relaxar a disciplina própria ME2 222 1 Tenho ouvido os que estão na fé há longos anos, dizerem que outrora suportavam provas e dificuldades, mas depois que as enfermidades da idade começaram a pressioná-los, sentiam-se grandemente aflitos quando postos sob disciplina. Que quer dizer isto? Quer dizer que Jesus deixou de ser vosso Salvador? Quer dizer que, quando sois velhos e encanecidos, tendes o direito de exibir paixões profanas? Pensai nisso. Deveis usar vossas faculdades de raciocínio nesta questão, como o fazeis em coisas temporais. Deveis negar-vos a vós mesmos, e fazer do serviço a Deus a primeira preocupação de vossa vida. Não deveis permitir que coisa alguma vos perturbe a paz. Não há necessidade disso; tem de haver crescimento constante, constante progresso na vida divina. ME2 222 2 Cristo é a escada que Jacó viu, cuja base repousa na Terra, e cujo último degrau alcança o mais alto Céu; e degrau a degrau, deveis escalar essa escada até que chegueis ao reino eterno. Não existe desculpa alguma para nos tornarmos mais semelhantes a Satanás, mais semelhantes à natureza humana. Deus colocou perante nós a altura do privilégio de cristão, e isto para que "sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus". Efésios 3:16-19. -- The Review and Herald, 1 de Outubro de 1889. Levantem-se e lhes chamem bem-aventurados ME2 223 1 Às duas horas da tarde falei a uma casa cheia [em Adam's Center, N. Y.]... Tivemos prazer em encontrar-nos com os servos idosos de Deus, nessa ocasião. Desde o surgimento da mensagem do terceiro anjo conhecemos o Pastor [Frederico] Wheeler, que agora se aproxima dos oitenta anos de idade. Conhecemos os Pastores [H. H.] Wilcox e [Carlos O.] Taylor há quarenta anos. A idade está-se fazendo sentir nesses velhos porta-estandartes, assim como em mim. Se formos fiéis até ao fim, o Senhor nos dará uma imarcescível coroa de vida. ME2 223 2 Os porta-estandartes idosos estão longe de ser inúteis e deverem ser postos à margem. Têm a desempenhar na obra um papel semelhante ao de João. Podem dizer: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. E esta é a mensagem que dEle ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nEle trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado." 1 João 1:1-7. ME2 223 3 Este era o espírito e a vida da mensagem que João apresentou a todos quando já velho, aproximando-se dos cem anos de idade. Os porta-estandartes empunham firmes as suas bandeiras. Não afrouxam as mãos que empunham o pavilhão da verdade, até que deponham a armadura. Uma a uma as vozes dos velhos guerreiros silenciam. Vaga o seu lugar. Não os vemos mais, mas eles, mortos ainda falam, pois seguem-nos as suas obras. Tratemos com muita ternura os poucos peregrinos idosos que restam, tendo-os em alta estima, por amor de suas obras. Ao tornarem-se as suas faculdades gastas e debilitadas, é de valor o que dizem. Sejam entesouradas suas palavras, como testemunho precioso. Que os jovens e os novos obreiros não desprezem, ou em qualquer sentido mostrem indiferença para com os homens de cabelos brancos, mas se levantem e lhes chamem bem-aventurados. Devem considerar que eles mesmos entraram nos trabalhos desses homens. Desejaríamos que houvesse muito mais do amor de Cristo no coração de nossos crentes, por aqueles que foram os primeiros na proclamação da mensagem. -- Manuscrito 33, 1890. Conselho aos que encaneceram no serviço Conselho ao pastor S. N. Haskell ME2 224 1 Conquanto estejais ansioso por fazer tudo que podeis, lembrai-vos, Pastor Haskell, que é unicamente pela grande misericórdia e graça de Deus que fostes poupado estes muitos anos, para dar vosso testemunho. Não tomeis sobre vós cargas que outros, mais jovens, possam levar. ME2 224 2 É vosso dever ser cuidadoso em vossos hábitos de vida. Deveis ser sábio no emprego de vossa força física, mental e espiritual. Nós, que passamos através de tantas e tão variadas experiências, devemos fazer tudo que nos é possível para preservar nossas forças, a fim de que possamos trabalhar pelo Senhor enquanto Ele nos permita ficar em nossa sorte para ajudar a promover a Sua causa. ME2 224 3 A causa precisa do auxílio das velhas mãos, dos obreiros idosos, que tiveram muitos anos de experiência na causa de Deus, que viram muitos descambarem para o fanatismo, nutrindo o engano de teorias falsas, e resistindo a todos os esforços feitos para que a luz verdadeira resplandeça nas trevas, para revelar as superstições que estavam a insinuar-se para confundir o juízo e tornar de nenhum efeito a mensagem da verdade, que nestes últimos dias deve ser dada, em sua pureza, ao povo remanescente de Deus. ME2 225 1 Muitos dos experimentados servos de Deus adormeceram em Jesus. Grandemente apreciamos o auxílio dos que vivem ainda hoje. Valorizamos o seu testemunho. Lede o primeiro capítulo de I S. João, e então louvai ao Senhor por isso que, não obstante vossas muitas enfermidades, podeis ainda testificar dEle. ... Pastores Smith e Loughborough ME2 225 2 Podemos facilmente contar os primeiros portadores de responsabilidades que ainda vivem [1902]. Pastor [Urias] Smith ligou-se a nós no princípio da obra publicadora. Trabalhou junto a meu marido. Esperamos ver sempre seu nome na Review and Herald, encabeçando a lista dos redatores, pois assim deve ser. Os que iniciaram a obra, que combateram bravamente quando a peleja era árdua, não devem agora perder sua firmeza. Devem ser honrados pelos que entraram para a obra depois de haverem sido suportadas as privações mais duras. ME2 225 3 Tenho muita simpatia para com o Pastor Smith. Meu interesse vital na obra de publicações está ligado ao dele. Veio ele ter conosco quando jovem, possuindo talentos que o habilitavam para ocupar o lugar de redator. Como me alegro quando leio os seus artigos na Review -- tão excelentes, tão repletos de verdade espiritual! Dou graças a Deus por eles. Sinto forte simpatia pelo Pastor Smith, e creio que seu nome deve sempre aparecer na Review, como redator principal. Assim Deus deseja. Quando, alguns anos atrás, seu nome foi colocado em segundo lugar, senti-me ferida. Quando de novo foi colocado em primeiro lugar, chorei, e disse: "Graças a Deus!" Oxalá fique sempre ali, como Deus deseja que continue, enquanto a mão direita do Pastor Smith puder empunhar uma pena. E quando faltar o poder de sua mão, que seus filhos escrevam, ditando-lhes ele. ME2 225 4 Sou grata por poder ainda o Pastor [J. N.] Loughborough usar suas habilitações e dons na causa de Deus. Ele tem ficado fiel em meio de tempestades e provações. Com o Pastor Smith, meu esposo, irmão Butler, que se nos uniu mais tarde, e vós [S. N. Haskell], pode ele dizer: "O que era desde o princípio, ... o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo." 1 João 1:1-3. Pastor Butler, obreiro muito valioso ME2 226 1 É com sentimentos de satisfação e gratidão a Deus que vemos o Pastor [G. I. Butler] de novo no serviço ativo. Seu cabelo grisalho testifica que ele sabe o que são aflições. Damos-lhe as boas-vindas de novo em nossas fileiras, e consideramo-lo um dos mais valiosos obreiros. ME2 226 2 Queira o Senhor ajudar os irmãos que deram seu testemunho nos primeiros dias da mensagem, a fim de que sejam prudentes quanto à preservação de suas faculdades físicas, mentais e espirituais. Fui instruída pelo Senhor para dizer que Ele vos dotou da faculdade da razão, e Ele deseja que compreendais as leis que afetam a saúde do ser, e resolvais obedecer-lhes. Essas leis são leis divinas. Deus deseja que todo obreiro pioneiro ocupe o seu lugar, a fim de que possa fazer sua parte em salvar o povo de ser arrastado para a perdição, pela poderosa corrente do mal -- da depravação física, mental e espiritual. Meus irmãos, Ele deseja que continueis revestidos da armadura até ao último final do conflito. Não sejais imprudentes; não vos excedais no trabalho. Observai períodos de repouso. ME2 226 3 A igreja militante não é a igreja triunfante. O Senhor deseja que Seus provados servos, enquanto viverem, defendam a reforma da temperança. Desdobrai a bandeira da temperança. Ensinai o povo a praticar estrita temperança em todas as coisas, e serem campeões em favor da obediência às leis físicas. Ficai firmes em favor da verdade de Deus. Exaltai perante o povo a bandeira que traz a inscrição: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. ... Respeitar e honrar os pioneiros ME2 226 4 Uns poucos dos velhos porta-estandartes vivem ainda. Estou intensamente desejosa de que nossos irmãos e irmãs respeitem e honrem esses pioneiros. Apresentamo-los perante vós como homens que sabem o que são provações. Sou instruída a dizer: Respeite todo crente os homens que desempenharam parte importante nos primeiros dias da mensagem, e que suportaram provas e dificuldades e muitas privações. Esses homens encaneceram no serviço. Não demorará, hão de receber sua recompensa. ... ME2 227 1 O Senhor deseja que Seus servos, que encaneceram na defesa da verdade, continuem fiéis e verdadeiros, dando seu testemunho em favor da lei. ME2 227 2 Os provados servos de Deus não devem ser colocados em lugares difíceis. Os que serviram ao Mestre quando a obra era árdua, os que suportaram pobreza e permaneceram fiéis no amor da verdade quando nossos membros eram pouco numerosos, devem sempre ser honrados e respeitados. Que os que vieram para a verdade em anos posteriores levem a sério essas palavras. Deus deseja que todos considerem este conselho. -- Carta 47, 1902. Obreiros idosos devem ser professores e conselheiros ME2 227 3 Deus convida Seus servos idosos para atuarem como conselheiros, que ensinem aos jovens que fazer em casos de emergência. Os obreiros idosos devem dar, como fez João, um testemunho vivo de experiência verdadeira. E quando esses fiéis obreiros forem levados ao descanso, com as palavras: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor" (Apocalipse 14:13), devem ser encontrados em nossas escolas homens e mulheres que possam tomar a bandeira e erguê-la em novos lugares. ME2 227 4 Enquanto estão no campo os porta-estandartes idosos, que os que foram beneficiados pelos seus labores cuidem deles e os respeitem. Não os sobrecarregueis com encargos. Apreciai suas advertências, suas palavras de conselho. Tratai-os como pais e mães que suportaram o peso da obra. Os obreiros que no passado anteviram as necessidades da causa fazem trabalho nobre quando, em vez de assumirem eles mesmos todos os encargos, os colocam sobre os ombros de homens e mulheres mais jovens, e os educam como Elias educou a Eliseu. ME2 227 5 Davi ofereceu a Deus um tributo de gratidão pelos ensinos e guia divinos que recebera. "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade" (Salmos 71:17), declarou ele. Os que, na história da mensagem, suportaram os encargos e fadiga do dia, devem lembrar-se de que o mesmo Senhor que os ensinou desde sua mocidade, convidando-os: "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim" (Mateus 11:29), e concedendo-lhes a luz da verdade, está exatamente tão disposto a ensinar os moços e moças hoje como o estava outrora. Aliviados de encargos penosos ME2 228 1 É prudente que os que têm suportado cargas pesadas vão à parte e repousem um pouco. Esses fiéis obreiros devem ser aliviados de todo encargo penoso. A obra que podem fazer como educadores deve ser apreciada. O Senhor mesmo cooperará com eles em seus esforços de ensinar a outros. Devem deixar a luta forte aos que são mais jovens; a obra futura deve ser feita por jovens fortes. A obra está sob controle do Autor e Consumador de nossa fé. Ele pode dar aptidão aos homens da oportunidade, e dá-la-á. Suscitará os que possam pelejar as Suas pelejas. Nunca deixa a Sua obra ao acaso. Esta é obra grandiosa e solene, e deve ir para a frente. ME2 228 2 Não é vontade de Deus que os pais, em Sua causa, empreguem o restante de sua vitalidade em assumir encargos pesados. Que os jovens tomem sobre os ombros toda responsabilidade que puderem, e combatam varonilmente o bom combate da fé. O Senhor sabe melhor a quem escolher para fazer Sua obra, do que os mais sábios dos homens, por interessados que possam estar. É Deus que implanta Seu Espírito no coração dos jovens, levando-os a combater por Ele, em face de forças muito superiores. Assim inspirou Ele a Paulo de Tarso que, com todas as aptidões que lhe foram confiadas, combateu em favor da verdade revelada pelo Céu, contra apóstatas que o deveriam ter apoiado. Os servos de Deus terão de encontrar hoje as mesmas dificuldades encontradas por Paulo. Esta experiência tiveram alguns que estão agora erguendo a bandeira da verdade. Homens semelhantes é que podem colocar-se em defesa da verdade. Se continuarem a ser alunos, Deus pode usá-los para vindicar Sua lei. Jovens devem unir-se a obreiros experientes ME2 229 1 Não pensem os obreiros idosos que tenham que arcar com todas as responsabilidades, todas as cargas. Novos campos de trabalho abrem-se constantemente diante de nós. Unam-se os jovens a obreiros experimentados, que compreendam as Escrituras, que por muito tempo tenham sido obradores da Palavra, que introduziram a verdade na vida prática, confiando em Cristo dia a dia, que busquem ao Senhor como fez Daniel. Três vezes ao dia Daniel apresentava a Deus suas petições. Sabia ele que Alguém, poderoso em conselho, era a fonte de sabedoria e poder. A verdade como é em Jesus -- a espada do Espírito, de dois gumes -- era sua arma de combate. ME2 229 2 Na palavra, em espírito, em princípio, os homens que puseram em Deus sua confiança, são um exemplo aos jovens ligados a eles. Esses fiéis servos de Deus devem unir-se a jovens, atraindo-os com cordas de amor, porque eles mesmos pelas cordas do amor de Cristo são a eles atraídos. -- The Review and Herald, 20 de Março de 1900. Envelhecendo, mas continuando a testificar ME2 229 3 Prezado Irmão [G. I.] Butler: ... Muito desejo que os velhos soldados, encanecidos no serviço do Mestre, continuem a apresentar seu testemunho incisivo, para que os mais novos na fé compreendam que as mensagens que o Senhor nos deu no passado são muito importantes neste período da história da Terra. Nossa experiência passada não perdeu um jota de sua força. Dou graças a Deus por todo jota e til da Palavra Sagrada. Eu não desejaria recuar das partes difíceis de nossa experiência. ME2 229 4 Não deveis trabalhar além de vossas forças. Suponho que no futuro nossa experiência há de ser variada; mas penso que vós e eu, ao envelhecer no serviço de Cristo, cumprindo Sua vontade, estamos obtendo uma experiência do mais alto valor e mais intenso interesse. ME2 229 5 Os juízos do Senhor estão na Terra. Temos de trabalhar com sincera fidelidade, pondo todo o nosso ser naquilo que fazemos para ajudar os outros a prosseguirem para a frente e para cima. Levemos a batalha até às portas. Estejamos sempre dispostos a falar palavras de animação aos indecisos e cansados. Só poderemos andar seguramente se andarmos com Cristo. Que coisa alguma vos desacoroçoe. Ajudai aqueles com quem entrais em contato a trabalhar com fidelidade. ME2 230 1 Espero que futuramente eu possa encontrar-me convosco em algumas de nossas reuniões. Vós e eu fazemos parte dos mais idosos dos que vivem, que mantiveram a fé por muito tempo. Se não vivermos o bastante para ver o aparecimento de nosso Senhor, todavia, tendo feito a obra que nos foi designada, deporemos nossa armadura com santificada dignidade. Façamos o melhor que pudermos, e façamo-lo com fé e esperança. Meu coração está cheio de gratidão ao Senhor, por me haver por tanto tempo poupado a vida. Minha mão direita ainda pode discorrer sobre assuntos de verdades bíblicas sem tremer. Dizei a todos que a mão da irmã White ainda escreve palavras de instrução para o povo. Estou completando outro livro sobre história do Velho Testamento. ME2 230 2 Que o Senhor vos abençoe e guarde, com esperança e ânimo. -- Carta 130, 1910. Trabalho árduo menos constante ME2 230 3 Prezado Irmão [S. N.] Haskell: Insisto convosco a que não trabalheis acima daquilo que sois capaz de fazer. Devíeis ter menos trabalho constante e árduo, a fim de que possais manter-vos em condição repousada. Deveis fazer uma sesta durante o dia. Podereis então pensar mais de pronto, e vossos pensamentos serão mais claros e vossas palavras mais convincentes. E não deixeis de pôr todo o vosso ser em ligação com Deus. Aceitai o Espírito Santo para vossa iluminação espiritual, e sob sua guia prossegui em conhecer o Senhor. Ide para onde o Senhor vos dirigir, fazendo o que Ele ordenar. Esperai no Senhor, e Ele vos renovará as forças. ME2 230 4 Mas não se requer de vós ou de mim estarmos num esforço contínuo. Devemos render continuamente o que Ele de nós requer, e Ele nos mostrará o Seu concerto. "O segredo do Senhor é para os que O temem." Salmos 25:14. Seremos instruídos mais profundamente no mistério de Deus o Pai e de Jesus Cristo. Teremos visões do Rei em Sua formosura, e ante nós se abrirá o restante que falta ao povo de Deus. Em breve entraremos na cidade cujo Artífice e Construtor é Deus -- a cidade da qual por muito tempo temos falado. -- Carta 78, 1906. Confiai em Deus -- Apoiai-vos nele ME2 231 1 Prezada Irmã [S. N.] Haskell: ... Agora, que não podeis mais ser ativa, e vos sobrevêm enfermidades, tudo que Deus de vós requer é que nEle confieis. Confiai a guarda de vossa alma a Ele, como a um fiel Criador. Suas misericórdias são certas, eterno o Seu concerto. Feliz o homem cuja esperança está no Senhor seu Deus, que para sempre guarda a verdade. Que vosso espírito apreenda as promessas e a elas se apegue. Se não puderdes de pronto chamar à memória a rica certeza contida nas preciosas promessas, ouvi-as dos lábios de outros. Que plenitude, que amor e certeza se encontram nessas palavras dos lábios do próprio Deus, proclamando Seu amor, Sua piedade e interesse nos filhos aos Seus cuidados: ME2 231 2 "Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão, e o pecado." Êxodo 34:6, 7. ME2 231 3 O Senhor é cheio de compaixão para com os Seus filhos sofredores. Que pecados serão grandes demais para que os perdoe? Ele é misericordioso, e como tal está infinitamente mais pronto a perdoar do que a condenar, e fá-lo com mais satisfação. Ele é gracioso, não buscando em nós o mal; conhece a nossa estrutura; Ele Se lembra que somos pó. Em Sua ilimitada compaixão e misericórdia, cura todos os nossos deslizes, amando-nos livremente quando éramos ainda pecadores, não retirando Sua luz, mas fazendo-a brilhar sobre nós, por amor de Cristo. ME2 231 4 Não querereis, minha irmã, confiar sempre em Jesus que é vossa justiça? O amor de Deus é derramado em vosso coração pelo Espírito Santo, que vos é dado graciosamente. Sois um com Cristo. Ele vos dará graça para serdes paciente, Ele vos dará graça para serdes confiante, Ele vos dará graça para vencerdes o desassossego, ele vos aquecerá o coração com o Seu próprio suave Espírito, Ele reavivará vossa alma em sua fraqueza. Apenas alguns dias mais, para sermos como peregrinos e estrangeiros neste mundo, buscando uma pátria melhor, a celestial. Nosso lar está no Céu. Portanto, firmai vossa alma, confiantemente, em Deus. Sobre Ele depositai todos os vossos fardos. ME2 232 1 Oh! quantas vezes foi vosso coração tocado pela formosura do semblante do Salvador, encantado com a amabilidade de Seu caráter, e enternecido com o pensamento dos Seus sofrimentos! Agora Ele quer que apoieis sobre Ele todo o vosso peso. Dar-vos-ei um capítulo para confortar-vos todo o tempo. "E dirás naquele dia: Graças Te dou, ó Senhor, porque, ainda que Te iraste contra mim, a Tua ira se retirou, e Tu me consolaste. Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei, porque o Senhor Jeová é a minha força e o meu cântico, e Se tornou a minha salvação. E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação." Isaías 12:1-3. -- Carta 14b, 1891. ------------------------Capítulo 25 -- Fortaleza na aflição Por que esta aflição? ME2 233 1 [Pelos fins de 1891, Ellen G. White, em resposta a um pedido da Associação Geral, viajou para a Austrália, para ajudar no fortalecimento da obra, ali recentemente fundada. Sua estada ali prolongou-se, chegando a nove anos. Logo após sua chegada, sobreveio-lhe longa e dolorosa doença. O que se vai ler mostra sua fortaleza através dessa doença. Tomemos nota das lições que ela aprendeu dessa experiência. -- Compiladores] ME2 233 2 Cada correio tem levado de cem a duzentas laudas escritas por minha mão, e a maior parte foi escrita assim como estou agora, ou sustida na cama por almofadas, meio deitada e meio sentada, ou recostada entre travesseiros numa cadeira incômoda. ME2 233 3 Ficar sentada é muito doloroso a meus quadris e à parte inferior da espinha. Se neste país [Austrália] se encontrassem essas cadeiras de braços que tendes no sanatório, logo eu compraria uma, mesmo que custasse trinta dólares. ... É com grande fadiga que posso sentar ereta e erguer a cabeça. Tenho de recostá-la no encosto da cadeira, sobre travesseiros, meio reclinada. Este é meu estado justamente agora. ME2 233 4 Mas não estou, absolutamente, desanimada. Sinto que sou sustida diariamente. Nas longas e cansativas horas da noite, quando foge completamente o sono, tenho dedicado muito tempo a oração; e quando todos os nervos pareciam gritar de dor, quando, se eu pensava em mim mesma, parecia enlouquecer, a paz de Cristo me sobrevinha ao coração em tamanha medida que eu me tomava de gratidão e ações de graças. Sei que Jesus me ama, e eu amo a Jesus. Algumas noites tenho dormido três horas, outras noites quatro horas, e muitas vezes apenas duas, e todavia, nestas longas noites australianas, em meio às trevas, tudo ao meu redor parece luz, e fruo suave comunhão com Deus. ME2 234 1 Na primeira vez que me senti num estado de desamparo, lamentei profundamente ter transposto o vasto oceano. Por que não ficara na América? Por que, a expensas tão avultadas, estava eu neste país? Muitas vezes sentia vontade de enterrar o rosto entre as cobertas da cama e desabafar-me num bom choro. Mas não condescendi por muito tempo no luxo das lágrimas. ME2 234 2 Disse de mim para mim: "Ellen G. White, que queres tu dizer? Não vieste à Austrália porque achavas que era teu dever ir aonde a Associação julgasse melhor que fosses? Não tem sido esta a tua maneira de proceder?" ME2 234 3 Respondi: "Sim." ME2 234 4 "Então, por que te sentes quase abandonada, e desanimada? Não será esta uma obra do inimigo?" ME2 234 5 Respondi: "Creio que é." ME2 234 6 Enxuguei o mais depressa possível as lágrimas e disse: "Basta; não mais olharei para o lado escuro. Viva ou morra, entrego a guarda de minha alma Àquele que por mim morreu." ME2 234 7 Cri então que o Senhor faria bem todas as coisas, e durante esses oito meses de desamparo, não tive nenhum desânimo ou dúvida. Olho agora a essa questão como parte do grande plano do Senhor, para bem de Seu povo neste país, e pelos da América, e para meu próprio bem. Não sei explicar porque ou como, mas creio-o. E sinto-me feliz em minha enfermidade. Posso confiar em meu Pai celestial. Não duvidarei de Seu amor. Dia e noite tenho um guarda sempre vigilante, e louvarei ao Senhor, pois Seu louvor está em meus lábios porque procede de um coração cheio de gratidão. -- Carta 18a, 1892. Meditações dos dias de enfermidade Oração e unção -- Mas não curada instantaneamente ME2 235 1 Maio 21, 1892 -- Terminou a noite probante, quase insone. Ontem à tarde o Pastor [A. G.] Daniells e esposa, Pastor [G. C.] Tenney e esposa, e irmãos Stockton e Smith vieram a nossa casa, a meu pedido, a fim de orarem que o Senhor me curasse. Tivemos um período de orações muito fervorosas, e todos fomos muito abençoados. Fiquei aliviada, mas não curada. Fiz agora tudo que podia, para seguir as instruções da Bíblia, e esperarei pela operação do Senhor, crendo que a Seu tempo oportuno Ele me curará. Minha fé apega-se à promessa: "Pedi, e recebereis." João 16:24. ME2 235 2 Creio que o Senhor ouviu nossas orações. Eu esperava que meu cativeiro fosse volvido imediatamente, e a meu juízo finito pareceu que assim Deus seria glorificado. Fui muito abençoada durante nosso período de oração, e apegar-me-ei à certeza que então me foi dada: "Eu sou teu Redentor; Eu te curarei." -- Manuscrito 19, 1892. "Não hei de perder o domínio próprio" ME2 235 3 Junho 23, 1892 -- É passada outra noite. Dormi apenas três horas. Não sofri tantas dores como de costume, mas sentia-me desassossegada e nervosa. Depois de estar acordada por algum tempo, tentando dormir, desisti do esforço, e dirigi toda a minha atenção a buscar ao Senhor. Quão preciosa me foi a promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mateus 7:7. Orei muito fervorosamente ao Senhor pedindo conforto e paz, que só o Senhor Jesus pode dar. Quero a bênção do Senhor, de modo que, conquanto sofra dores, não perderei o domínio próprio. Não ouso confiar em mim mesma, por um momento sequer. ME2 235 4 No instante que Pedro retirou os olhos de Cristo, nesse mesmo instante começou a afundar. Quando reconheceu seu perigo, e ergueu a Jesus os olhos e a voz, bradando: Senhor, salva-me, ou pereço! a mão sempre pronta para salvar os que perecem o acudiu, e ele foi salvo. ... ME2 235 5 Em meu lar, devo cotidianamente buscar a paz e segui-la. ... E embora o corpo sofra, e o sistema nervoso esteja debilitado, não devemos pensar que tenhamos liberdade de falar de modo impertinente, nem pensar que não estejamos recebendo todas as atenções que deveríamos receber. Quando cedemos à impaciência, expulsamos do coração o Espírito de Deus, e damos lugar aos atributos de Satanás. ME2 236 1 Quando arquitetamos desculpas para o egoísmo, suspeitas ruins e maledicência, educamos a alma no mal, e se continuarmos a assim proceder, tornar-se-á um hábito o ceder à tentação. Estaremos então no terreno de Satanás, vencidos, fracos e sem ânimo. ME2 236 2 Se confiarmos em nós mesmos, cairemos por certo. Diz Cristo: "Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim." João 15:4. ME2 236 3 Que fruto devemos produzir? "O fruto do Espírito é: Caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei." Gálatas 5:22, 23. ME2 236 4 Ao meditar nestas coisas, senti mais e mais profundamente o pecado da negligência de manter a alma no amor de Deus. O Senhor não faz coisa alguma sem nossa cooperação. Quando Cristo orou: Pai, guarda-os em Teu nome, não queria Ele dizer que devêssemos negligenciar de conservar-nos na fé e no amor de Deus. Vivos para Deus, mediante viva união com Cristo, confiamos nas promessas, ganhando constantemente mais força na contemplação de Jesus. Que é que poderá mudar o coração ou abalar a confiança daquele que, contemplando o Salvador, é transformado em Sua semelhança? Deveria essa pessoa estar à espreita de desatenções? Deveria sua imaginação centrar-se em si mesma? Deveria permitir que bagatelas lhe destruíssem a paz de espírito? Aquele em cujo coração Cristo habita dispõe-se a estar contente. Não pensa mal, e está satisfeito com a certeza de que Jesus conhece e avalia em seu justo valor toda alma pela qual Ele morreu. Diz Deus: "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir." Isaías 13:12. Satisfaça isto aos anseios da alma, e faça-nos cuidadosos e precavidos, muito dispostos a perdoar aos outros, porque Deus nos perdoou a nós. ME2 237 1 A felicidade da vida compõe-se de coisas pequeninas. Está no poder de toda pessoa praticar a verdadeira cortesia cristã. Não é a posse de esplêndidos talentos que nos ajudará a vencer, mas o consciencioso cumprimento dos deveres diários. O olhar bondoso, o espírito humilde, a disposição de contentamento, o sincero e não afetado interesse no bem-estar dos outros -- estas coisas são auxílio na vida cristã. Se o amor de Jesus enche o coração, esse amor se manifestará na vida. Não demonstraremos uma determinação de fazer prevalecer nossa vontade, uma obstinada e egoísta indisposição de estar alegres ou contentes. A saúde do corpo depende mais da saúde do coração do que muitos supõem. ME2 237 2 Pode alguém imaginar-se menosprezado, imaginar que não esteja ocupando posição tão elevada como seria capaz de ocupar, e assim fazer de si mesmo um suposto mártir. Ele é infeliz, mas quem o culpado? Uma coisa é certa: a bondade e a amabilidade de gênio farão mais para exaltá-lo do que qualquer suposta destreza com o malefício de uma disposição intratável. -- Manuscrito 19, 1892. Jesus conhece nossas aflições e dores ME2 237 3 Junho 26, 1892 -- Alegro-me quando chega a luz do dia, pois as noites são longas e enfadonhas. Mas quando não posso dormir, a gratidão me enche o coração ao pensar que Alguém que jamais tosqueneja vigia sobre mim, para bem. Que maravilhoso pensamento este, de que Jesus tudo sabe acerca das dores e aflições que sofremos! Em todas as nossas aflições foi Ele aflito. Alguns dentre nossos amigos nada sabem da miséria humana e da dor física. Nunca ficam doentes, e portanto não podem penetrar plenamente nos sentimentos daqueles que se acham doentes. Jesus, porém, Se comove com o sentimento de nossa enfermidade. Ele é o grande missionário médico. Tomou sobre Si a humanidade e colocou-Se à cabeceira de uma nova dispensação, a fim de que possa reconciliar justiça e compaixão. -- Manuscrito 19, 1892. "Faze-me um ramo sadio, que produza fruto" ME2 237 4 Junho 29, 1892 -- Minha oração, ao despertar, é: Jesus guarda Tua filha hoje. Toma-me sob Tua guarda. Faze-me um ramo sadio, que produza fruto -- ramo da Videira viva. "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." João 15:5. Em Cristo e por Ele tudo podemos fazer. ME2 238 1 Aquele que foi adorado pelos anjos, que ouvira a música do coro celeste, sempre Se comoveu, quando aqui na Terra, com as tristezas das crianças, sempre disposto a ouvir a história de sua mágoa infantil. Muitas vezes enxugou-lhes as lágrimas, animando-as com a terna simpatia de Suas palavras, que pareciam acalmar-lhes as tristezas e fazê-las esquecer suas aflições. O emblema, em forma de pomba, que adejou sobre Jesus por ocasião de Seu batismo representa Sua amabilidade de caráter. -- Manuscrito 19, 1892. "Não pronuncie eu nenhuma palavra desamorosa" ME2 238 2 Junho 30, 1892 -- Outra noite de grande enfado é quase passada. Embora continue a sofrer grande dor, sei que não estou abandonada por meu Salvador. Minha oração é: Ajuda-me, Jesus, a não desonrar-Te com os meus lábios. Não pronuncie eu nenhuma palavra desamorosa. -- Manuscrito 19, 1892. "Não me queixarei" ME2 238 3 Julho 6, 1892 -- Sou muito grata por poder contar ao Senhor todos os meus temores e perplexidades. Sinto que estou sob a proteção de Suas asas. Um ateu certa vez perguntou a um jovem temente a Deus: ME2 238 4 . Que tamanho tem o Deus que você adora? ME2 238 5 . É tão grande, foi a resposta, que Ele enche a imensidade, e no entanto tão pequeno que habita em todo coração santificado. ME2 238 6 Ó precioso Salvador, anseio por Tua salvação. "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus." Salmos 42:1. Anseio por uma visão mais clara de Jesus. Gosto de pensar em Sua vida imaculada, meditar em Suas lições. Quantas vezes repito as palavras: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei!" Mateus 11:28. ME2 238 7 Grande parte do tempo meu corpo está tomado de dor, mas não hei de, por causa de queixumes, tornar-me indigna do nome de cristão. Estou certa de que esta lição do sofrimento será para glória de Deus, um meio de advertir os outros a que evitem o trabalho contínuo, sob circunstâncias probantes, tão desfavorável à saúde do corpo. -- Manuscrito 19, 1892. "O Senhor me fortalece" ME2 239 1 Julho 7, 1892 -- O Senhor me fortalece por Sua graça, para escrever cartas importantes. Os irmãos freqüentemente vêm aconselhar-se comigo. Sinto forte convicção de que esta tediosa enfermidade é para glória do Senhor. Não murmurarei; pois, quando desperto à noite, parece-me que Jesus me está fitando. O capítulo qüinquagésimo primeiro de Isaías me é preciosíssimo. Ele toma sobre Si todas as nossas cargas. Leio este capítulo com confiança e esperança. -- Manuscrito 19, 1892. Nenhuma idéia de bater em retirada ME2 239 2 Julho 10, 1892 -- Acordei Emília às cinco horas para acender o fogo e ajudar a vestir-me. Dou graças ao Senhor por ter repousado melhor esta noite do que de costume. Minhas horas de vigília, emprego-as em oração e meditação. Impõe-se-me a pergunta: Por que não receberei a bênção da restauração da saúde? Devo interpretar estes longos meses de doença como evidência do desprazer de Deus por ter eu vindo à Austrália? Respondo com um decidido Não! Não ouso isso fazer. Por vezes, antes de vir da América, pensava que o Senhor não requeresse de mim ir a um país tão distante, na minha idade, e quando me achava prostrada pela sobrecarga de trabalho. Segui, porém, a voz da Associação [Geral], como sempre procurei fazer quando eu mesma não tinha toda a clareza. Vim à Austrália e aqui encontrei os crentes em condições que demandavam auxílio. Durante semanas, depois de aqui chegar, trabalhei tão zelosamente como sempre trabalhei em minha vida. Foram-me dadas palavras que devia pronunciar, acerca da necessidade de piedade pessoal. ... ME2 239 3 Estou na Austrália, e creio que estou exatamente onde o Senhor quer que esteja. Por ser o sofrimento a minha porção, não é que eu pense em bater em retirada. É-me dada a bendita segurança de que Jesus é meu e de que sou Sua filha. As trevas são dispersadas pelos brilhantes raios do Sol da Justiça. Quem pode compreender a dor que sofro senão Aquele que é angustiado em todas as nossas angústias? A quem poderei falar senão Àquele que Se compadece de nossas enfermidades, e que sabe socorrer os que são tentados? ME2 240 1 Quando oro fervorosamente pedindo restauração, e me parece que o Senhor não responde, meu espírito quase desmaia dentro em mim. Então é que o querido Salvador me faz lembrar a Sua presença. Diz-me Ele: Não podes confiar nAquele que te comprou com Seu próprio sangue? Gravei-te na palma de Minhas mãos. Então minha alma se nutre da presença divina. Sou erguida para fora de mim, por assim dizer, para a presença de Deus. -- Manuscrito 19, 1892. Deus sabe o que é melhor ME2 240 2 Julho 14, 1892 -- Quando me sobreveio a doença da qual venho sofrendo faz vários meses, surpreendi-me de que ela não fosse removida imediatamente, em resposta à oração. Mas a promessa: "Minha graça te basta" (2 Coríntios 12:9), tem-se cumprido no meu caso. Não pode haver dúvida de minha parte. Minhas horas de dor tem sido horas de oração, pois tenho sabido a quem levar minhas tristezas. Tenho o privilégio de robustecer minhas forças débeis, lançando mão do poder infinito. Dia e noite me firmo sobre a sólida rocha das promessas de Deus. ME2 240 3 Meu coração se dilata para Jesus, em amorosa confiança. Ele sabe o que é melhor para mim. Solitárias seriam minhas noites se eu não reclamasse a promessa: "Invoca-Me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás." Salmos 50:15. -- Manuscrito 19, 1892. Lições aprendidas nos meses de sofrimento ME2 240 4 Tenho passado por grande prova, em forte sofrimento e desamparo, mas através de tudo tenho alcançado uma preciosa experiência, que me é mais valiosa do que ouro. Quando pela primeira vez me convenci de que teria de desistir de meus acarinhados planos de visitar as igrejas na Austrália e Nova Zelândia, pus seriamente em dúvida se fora meu dever deixar a América e vir para este país longínquo. Meus sofrimentos eram agudos. Muitas horas insones da noite passei em recordar muitas vezes nossa experiência desde que deixáramos a Europa rumo da América, e isto tem sido contínua cena de ansiedade, sofrimento e encargos. Então pensei: Que significa tudo isto? ME2 241 1 Recapitulei cuidadosamente a história dos últimos poucos anos e da obra que o Senhor me deu para fazer. Nem uma única vez faltou-me Ele, e muitas vezes Se me manifestou de modo notável, e vi que nada eu tinha de que me queixar, mas ao contrário, incidentes preciosos que, quais fios de ouro, percorriam toda a minha experiência. O Senhor compreendeu melhor do que eu as coisas de que eu precisava, e senti que Ele me atraía para muito perto de Si, e eu devia ser cuidadosa em não ditar a Deus quanto ao que devia fazer comigo. Esta irreconciliação verificou-se no princípio de meus sofrimentos e desamparo, mas não demorou que eu sentisse que minha enfermidade era parte do plano de Deus. Descobri que, às vezes deitada e às vezes sentada, eu podia colocar-me em posição na qual podia usar as mãos aleijadas, e embora sofrendo muita dor, podia escrever bastante. Desde que vim a este país escrevi mil e seiscentas laudas deste tamanho. "Eu sei em quem tenho crido" ME2 241 2 Muitas noites, nos últimos nove meses, só pude dormir duas horas por noite, e então às vezes me via envolta em trevas; mas eu orava, e recebi muito suave conforto ao aproximar-me de Deus. As promessas: "Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós" (Tiago 4:8), e "vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira" (Isaías 59:19), cumpriram-se em mim. Sentia-me alegre no Senhor. Jesus estava sagradamente próximo, e achei suficiente a graça concedida, pois minha alma se firmava em Deus, e eu estava possuída de grato louvor Àquele que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim. Eu poderia dizer, de todo o coração: "Eu sei em quem tenho crido." 2 Timóteo 1:12. "Fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar." 1 Coríntios 10:13. Mediante Jesus Cristo tenho saído mais do que vencedora, e mantenho o terreno. ME2 242 1 Não posso descobrir o propósito de Deus em minha doença, mas Ele sabe o que é o melhor, e a Ele confio minha alma, corpo e espírito, como ao meu fiel Criador. "Porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso, para guardar o meu depósito até àquele dia." 2 Timóteo 1:12. Se educássemos e treinássemos nossa alma no sentido de ter mais fé, mais amor, maior paciência, e mais perfeita confiança em nosso Pai celestial, sei que dia a dia teríamos mais paz e felicidade, ao sofrermos os conflitos desta vida. ME2 242 2 O Senhor não Se agrada de que nos agitemos e acabrunhemos, arrancando-nos assim dos braços de Jesus. Há falta do calmo esperar e vigiar, combinados. Julgamos não estar no caminho certo a menos que isso sintamos, e conservamo-nos olhando para dentro de nós, em busca de algum sinal apropriado à ocasião; o que conta, porém, não é o sentir, mas o ter fé. Andai pela fé ME2 242 3 Uma vez em conformidade com a Palavra escrita, segundo nosso melhor entendimento, devemos então andar pela fé, quer sintamos uma satisfação especial, quer não. Desonramos a Deus quando mostramos que não confiamos nEle depois de nos haver concedido tão maravilhosas provas de Seu grande amor, dando-nos Seu Filho unigênito, Jesus, para morrer como sacrifício nosso, a fim de que nEle crêssemos, sobre Ele descansássemos nossas esperanças, e confiássemos em Sua Palavra, sem questionar ou duvidar. ME2 242 4 Continuai olhando para Jesus, fazendo, com fé, orações silenciosas, apoderando-vos da força de Deus, quer tenhais quaisquer manifestos sentimentos, quer não. Avançai resolutos, como se cada uma das orações feitas tivesse sido acolhida pelo trono de Deus, e atendida por Aquele cujas promessas não faltam jamais. Prossegui no caminho, cantando e salmodiando a Deus em vosso coração, mesmo quando opressos por uma sensação de peso e tristeza. Digo-vos, como alguém que sabe, virá a luz, alegria será nosso quinhão, e as névoas e nuvens serão espancadas. E passamos do poder opressor das sombras e trevas, para a clara luz de Sua presença. ME2 243 1 Se déssemos mais expressão a nossa fé, nos regozijássemos mais nas bênçãos que sabemos possuir -- a grande misericórdia, paciência e amor de Deus -- teríamos diariamente maior força. Não possuem as preciosas palavras pronunciadas por Cristo, o Príncipe de Deus, de que nosso Pai celestial está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que Lho pedem, do que os pais para dar boas dádivas aos filhos -- não possuem essas palavras uma certeza e poder que deveriam ter grande influência sobre nós? ME2 243 2 Devemos todos os dias dedicar-nos a Deus e crer que Ele aceita nosso sacrifício, sem examinar se possuímos a quantidade de sentimento correspondente a nossa fé. Sentimento e fé são tão diversos como o oriente do ocidente. A fé não depende do sentir. Temos de, com fé, clamar fervorosamente a Deus, sentindo ou não sentindo, e então viver de acordo com as orações. Nossa certeza e prova é a Palavra de Deus, e depois de termos pedido devemos crer, sem duvidar. Louvado sejas, ó Deus, louvado sejas! Não me tens faltado, ao pôr em prática a Tua Palavra. Revelaste-Te a mim e eu sou Tua, para cumprir a Tua vontade. ME2 243 3 Vigiai, tão fielmente como o fez Abraão, para que os corvos ou quaisquer aves de rapina não desçam sobre vosso sacrifício e oferta a Deus. Cada pensamento de dúvida deve ser tão vigiado que não veja a luz do dia mediante o pronunciá-lo. A luz sempre foge das palavras que honram os poderes das trevas. A vida de nosso Senhor ressurreto deve em nós manifestar-se diariamente. Estreita e difícil a vereda para o céu ME2 243 4 Como é nossa vereda para o Céu? É uma estrada que ofereça todas as convidativas comodidades? Não, é vereda estreita e aparentemente incômoda; é vereda de conflito, de prova, de tribulação e sofrimento. Nosso Comandante, Jesus Cristo, não nos ocultou coisa nenhuma a respeito das batalhas que temos de travar. Ele abre perante nós o mapa e nos mostra o caminho. "Porfiai", diz Ele, "por entrar pela porta estreita; porque Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão." Lucas 13:24. "Larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ele." Mateus 7:13. "No mundo tereis aflição." João 16:33. O apóstolo repete as palavras de Cristo: "Por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus." Atos dos Apóstolos 14:22. Ora, porventura é o aspecto desanimador que devemos conservar ante os olhos da mente?... Juntai todas as promessas ME2 244 1 Este é Jesus, a vida de toda graça, a vida de cada promessa, a vida de cada ordenança, a vida de cada bênção. Jesus é a realidade, a glória e fragrância, a própria vida. "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12. Portanto, a estrada real construída para que nela andem os remidos, não são desanimadoras trevas. Na verdade, solitária e penosa seria nossa peregrinação se não fosse Jesus. "Não vos deixarei órfãos", diz Ele. João 14:18. Juntemos, pois, todas as promessas registradas. Repitamo-las dia a dia e nelas meditemos na calada da noite, e sejamos felizes. ME2 244 2 "E dirás naquele dia: Graças Te dou, ó Senhor, porque ainda que Te iraste contra mim, a Tua ira se retirou, e Tu me consolaste. Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei, porque o Senhor Jeová é a minha força e o meu cântico, e Se tornou a minha salvação. E vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação. E direis naquele dia: Dai graças ao Senhor, invocai o Seu nome, tornai manifestos os Seus feitos entre os povos, contai quão excelso é o Seu nome. Cantai ao Senhor, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a Terra. Exulta e canta de gozo, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de Ti." Isaías 12:1-6. ME2 244 3 Não é de fato uma estrada de reis esta em que andamos, construída para nela andarem os remidos do Senhor? Poderia ser provida estrada melhor? caminho mais seguro? Não! Não! Ponhamos, pois, em prática as instruções dadas. Olhemos para nosso Salvador como refúgio nosso, como escudo à nossa mão direita, para defender-nos das setas de Satanás. ME2 245 1 Tentações nos assaltarão, oprimir-nos-ão trevas e cuidados. Quando o coração e a carne estiverem prontos a baquear, quem lança em volta de nós Seus braços eternos? Quem aplica a preciosa promessa? Quem nos traz à lembrança palavras de certeza e esperança? A graça de quem é dada em rica medida aos que a pedem sincera e verdadeiramente? Quem é que nos imputa Sua justiça e nos salva do pecado? De quem é a luz que espanca a bruma e os nevoeiros e nos leva para o resplendor de Sua presença? Oh! quem, senão Jesus?! Amai-O, pois, e louvai-O. "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos." Filipenses 4:4. Não é Jesus hoje um Salvador vivo? "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus." Colossences 3:1. Nós ressuscitamos com Cristo. Cristo é nossa vida. Graças a Sua misericórdia e gracioso amor, declara-se que somos escolhidos, adotados, perdoados e justificados. Exaltemos, pois, o Senhor! -- Carta 7, 1892. ------------------------Capítulo 26 -- Confiança aos que encaram a morte Mensagens de conforto a uma nora sofredora ME2 246 0 [Maria Kelsey White, esposa de Guilherme C. White, e portanto nora da Sr. White, foi desde a infância uma obreira sincera e talentosa, na Review and Herald, na Pacific Press e em nossa casa editora na Basiléia. Sulca. Contraiu tuberculose quando na Europa, e após uma doença de três anos, faleceu em Boulder, Colorado, aos trinta e três anos de idade. A seguir se apresentam excertos de mensagens que lhe foram dirigidas no decorrer do último ano de sua enfermidade. -- Compiladores] ME2 246 1 Battle Creek, Michigan, 4 de Novembro de 1889. ME2 246 2 Prezada Irmã [S. N.] Haskell: Não cessamos de orar por ti, minha querida filha, e a bondade e misericórdia de Deus é para mim tão clara e distinta, que todas as vezes que oro me parece que o Salvador te ampara em Seus próprios braços e que ali repousas. Tenho fé em teu caso. Eu creio que o Senhor ouviu as orações em teu favor, e que Ele operará para teu bem e para glória de Seu nome. Disse Ele: "Pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7. "Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis." Mateus 21:22. ME2 246 3 Bem sei que tempos tempestuosos nos esperam, e temos de saber como confiar, como lançar mão da fonte de nossa força. O Senhor é bom para os que nEle confiam, e estes não serão vencidos. Seu caso faz-me lembrar as palavras do profeta: "Por que estás abatida, ó minha alma? e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda O louvarei. Ele á a salvação da minha face e Deus meu." Salmos 43:5. ME2 247 1 Maria, descansa em Deus. Espera pacientemente pelo Senhor. Ele te será auxílio bem presente em todo tempo de necessidade. O Senhor é bom. Louva o Seu santo nome. Deus tem prazer em que nEle confiemos, tem prazer em que tenhamos confiança em Suas promessas. Crê tão-somente, e veremos a operação de Deus. -- Carta 71, 1889. ME2 247 2 Battle Creek, Michigan 6 de Dezembro de 1889 Querida Maria: ME2 247 3 Não nos esquecemos de ti, minha querida filha enferma. Oramos muito fervorosamente por ti, todos os dias. Sinto-me livre para orar. Não nos esquecemos dos irmãos [A. D.] Olsen e [J. G.] Matteson, e outros que se acham doentes. Nós oramos; é tudo que podemos fazer. Então te entregamos, com humilde confiança, nas mãos dAquele que te ama com amor maior que o de mãe. Apega-te a Jesus e põe nEle toda a tua confiança, pois Ele cuida de ti e de ti não retirará a mão, mas guiar-te-á Ele mesmo. ME2 247 4 Querida Maria, quão aprazível será contemplar o Rei em Sua incomparável formosura, e estar onde não há dor, nem aflição, nem doença, nem tristeza. Tenho a convicção de que seremos vitoriosos, e tenho a convicção de que está aberta a comunicação entre Deus e tua alma. Parece-me perfeitamente certo que tens a presença divina e que Jesus é teu constante Ajudador. Oh! Ele te ama! Ele te ama, e te está contemplando com compassiva ternura. Nunca duvides dEle, por um momento. Confia a Ele o teu caso, tendo fé de que fará por ti aquilo mesmo que é melhor para teu interesse eterno. ... ME2 247 5 Oro fervorosamente por ti, todo dia. O Senhor vive, o Senhor ouve e atende a orações. Olha para cima, minha querida filha! Olha para cima, tem bom ânimo, confia inteiramente no Senhor, pois Ele é teu Ajudador, teu Médico, teu Salvador. -- Carta 75, 1889. ME2 248 0 Battle Creek, Michigan, 12 de Fevereiro de 1890. ME2 248 1 Querida Maria: Doente, débil e solitária -- é assim que te imagino. ... Maria, tens o Ente melhor e mais amoroso e compassivo, o próprio Sol da Justiça, a resplandecer Sua luz sobre ti. Olha para cima, olha para cima! Julgo que o repouso na sepultura não seria, para mim, coisa tão indesejável. Sinto-me muito cansada, muito desanimada, ao testemunhar tanto do espírito e operação de Satanás. Então olho para Jesus, e encontro paz somente em Jesus. ... ME2 248 2 Deponho-te, pela fé, no regaço de Jesus Cristo. Ele te ama. Sei que não te colocas distante de Cristo, mas achega-te a Ele com plena certeza de fé, em humilde confiança no sangue e justiça de Cristo. Aceita a salvação como dom de Sua graça, crendo na promessa, porque Ele a proferiu. Olha para Jesus; esta é minha única esperança e conforto. O Senhor tem estado a guiar-te ao longo de uma vereda de dolorosa humilhação. Foste como que esvaziada, de um vaso para outro. Guiou-te Ele passo a passo, descendo mais e mais no vale, mas tão-somente para levar-te em íntima comunhão com Jesus, em Sua vida de humilhação. ME2 248 3 Haverá um passo, minha filha amada, que Jesus não tenha palmilhado contigo? Haverá uma ânsia de aflição que ele não sinta? Haverá um pecado que Ele não tenha levado sobre Si, uma cruz que não tenha suportado, uma mágoa com a qual não tenha simpatizado? Ele é afetado por toda sensação de nossas fraquezas. Tu és sabedora do que significa ter comunhão com os sofrimentos de Cristo. És participante dos sofrimentos de Cristo. Valorosa e abnegada filha, Deus tudo sabe. Ele te entrega uma taça na qual Ele coloca uma gota de Seus próprios sofrimentos. Coloca-te sobre os ombros a parte mais leve da cruz; lança uma sombra sobre tua alma. ... ME2 248 4 Confia-te às mãos de Jesus. Não te acabrunhes. Não penses que Deus Se tenha esquecido de ser misericordioso. Jesus vive e não te deixará. Seja o Senhor o teu cajado, teu apoio, na tua frente e na retaguarda. -- Carta 56, 1890. ME2 249 0 Battle Creek, Michigan, 13 de Fevereiro de 1890. ME2 249 1 Minha Querida Filha: O Senhor te abençoa e te há de confortar e conceder-te forte consolação e paz nEle. Quer Ele que repouses passivamente em Suas mãos, e creias que Ele tudo faz bem. ... ME2 249 2 Tem bom ânimo. Continua a olhar para cima. Jesus é a única esperança, para todos nós. Ele não te deixará nem abandonará. Preciosas são as promessas de Deus. Havemos de apegar-nos firmemente a elas. Não havemos de largá-las. -- Carta 57, 1890. ME2 249 3 Santa Helena, Califórnia, 28 de Maio de 1890. ME2 249 4 Queridos Filhos: Penso em vós todos, e por todos oro. Oh! se Maria tão-somente melhorasse, quanto isto me alegraria o coração! O Senhor fará Sua luz brilhar em torno de vós. Ele vos abençoará e fortalecerá e amparará, neste tempo de vossa prova e aflição. O Redentor é piedoso, cheio de terna compaixão e amor. Agora é que é ocasião de confiar a Deus a guarda da alma, como a um fiel Criador. Que bendita esperança temos nós -- esperança que se torna mais e mais forte à medida que aumentam as provas e aflições! Agora mostrai vossa confiança nAquele que por vós deu a vida. ME2 249 5 Graças a Deus, Maria, a leve e momentânea tribulação, produz-vos um peso eterno de glória mui excelente. Sabeis em quem tendes crido e estais certos de que é poderoso para guardar o vosso tesouro até aquele dia. Podem ser severas as aflições, mas olhai para Jesus a todo momento -- não para lutar, mas para descansar em Seu amor. Ele cuida de vós. ME2 249 6 Sabemos que à medida que as provas oprimem mais e mais, a esperança se fortalece. Os raios do Sol da Justiça resplandecerão em vosso coração com seu poder de curar. Olhai para além das nuvens, para o brilho, para a própria luz do Sol da Justiça. Graças a Deus por isso que, na tempestade da prova, a âncora é firme. Temos um Intercessor sempre vivo, sempre eficiente, que pleiteia nossos casos individuais perante o Pai. As alegrias de uma recompensa eterna foram compradas a preço infinito. ME2 250 0 Queira o Senhor confortar e fortalecer-vos e abençoar-vos, é minha oração diária. Oh! quando virmos o Rei em Sua formosura, que dia de júbilo não será aquele! Descansaremos nas ricas promessas de Deus. Ele nunca nos faltará, mas nos será auxílio bem presente no tempo da necessidade. -- Carta 77, 1890. ME2 250 1 Battle Creek, Michigan, 16 de Junho de 1890. ME2 250 2 Querido Guilherme: Estou ansiosa por todos vós, especialmente pela querida Maria. Oro por ela todos os dias, e todas as noites digo: Sei que o Senhor a tem na concha de Sua mão. Maria pode agora dizer, com toda a confiança: "Eu sei em quem tenho crido, e estou certa de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia." 2 Timóteo 1:12. ME2 250 3 Não tenho dúvida, nenhuma descrença, no caso de Maria. Ela é a amada do Senhor. "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos Seus santos." Salmos 116:15. Maria pode dizer, com Paulo: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda." 2 Timóteo 4:7, 8. ME2 250 4 Que faríamos, sem um Salvador na hora que põe à prova a alma? Anjos ministradores estão ao nosso redor, dando-nos a beber da água da vida, para refrigerar nossa alma nos momentos finais da vida. Há um compromisso dAquele que é a ressurreição e a vida, no sentido de que os que dormem em Jesus, Cristo levará com Ele, da sepultura. A trombeta soará, os mortos despertarão para a vida, para não mais morrer. Rompeu-lhes a manhã eterna, pois não haverá noite na cidade de Deus. ME2 250 5 Maria porfiou varonilmente através de tentações e provas; ela fez o que pôde. Desempenhou uma parte, pela graça de Cristo, em moldar o caráter de outros, por meio de suas palavras e seus atos. Ela falece na fé, mas seguem-na suas obras. -- Carta 78, 1890. Mensagens de simpatia e esperança a uma fiel auxiliar ME2 251 0 [A Srta. Mariana Davis, que se uniu ao corpo de obreiros da Sr. White em 1879 e com ela se associou na obra na América, Europa e Austrália por vinte e cinco anos, contraiu tuberculose em 1903, e pouco mais de um ano depois encerrou a obra de sua vida. A Srta. Davis era uma assistente literária muito fiel e de confiança, muito amada pela Sr. White. A seguir se apresentam mensagens de simpatia, esperança e conselho, escritas durante os últimos dois meses da doença da Srta. Davis, e extraídas da correspondência da Sr. White com ela. -- Compiladores] ME2 251 1 Melrose, Massachusetts, 17 de Agosto de 1904. ME2 251 2 Prezada Irmã Mariana Davis: Gostaria de estar em casa, mas não sei exatamente a que reuniões deverei assistir; portanto faremos o melhor que pudermos. ... ME2 251 3 Estou pedindo ao Senhor que te fortaleça. Estamos esperançosos de que estejas melhor. Apega-te firmemente ao Senhor, tua mão na mão de Cristo. ... ME2 251 4 Mariana, não deves desanimar. Teu caso está nas mãos do Senhor, e deves agora submeter teu caso, quanto ao tratamento, aos médicos, Drs. A e B, deixando que por ti façam aquilo que tem de ser feito. Temos outros livros para pôr em tuas mãos, quando tiveres vencido a doença que sofres agora. Não deixes de comer, mesmo que isso cause alguma dor. Quanto mais tempo deixares de comer, tanto mais fraca te tornarás. ... Poderíamos perguntar: Como se pode dar que o Senhor precise de nós? Não é nosso Deus grande em poder? Não queres apoderar-te de Sua força? Nenhum ser humano te poderá ajudar como o pode o Senhor Jesus. Confia nEle. Ele cuidará de ti. -- Carta 378, 1904. ME2 251 5 Melrose, Massachusetts, 24 de Agosto de 1904. ME2 251 6 Querida Irmã Mariana Davis: Não deixes que um só pensamento de ansiedade te penetre na mente. Sinto muito estares tão doente, mas faze tudo que de tua parte puderes, para recobrar a saúde. Cuidarei que sejam liquidadas todas as contas de despesas. Não me sinto bem; não posso viajar senão pequena distância, na carruagem. Não ouso confiar-me às viagens longas, de carro. Enquanto tu e eu vivermos, meu lar será o teu lar. ... ME2 252 1 Mariana, quase todo o tempo em que estive fora não tive apetite, mas não me atrevo a deixar de comer, pois então nada poderia fazer. Comia mesmo sem apetite, a fim de que pudesse viver. Tenho tido apetite depois que vim para cá. Ponho em Deus minha confiança e pleiteio com Ele, por ti e por mim. Não devemos andar em ansiedades e cuidados. Põe simplesmente no Senhor a tua confiança. Tudo que é preciso, para ti e para mim, é crer e confiar nAquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos os que se cheguem a Ele e nEle ponham a confiança. "Segura firme a Minha mão", diz Jesus a ti e a mim. És animada a entreter pensamentos corretos acerca de Cristo nosso Salvador -- teu Salvador e meu. Alegraste-te em toda oportunidade de fazer o que podias para promover Sua glória, e serás introduzida na cidade de Deus quando Sua última trombeta soar, e formos recebidos com genuíno júbilo. ME2 252 2 Mariana, estiveste unida a mim para levar a sã doutrina em real contato com as almas humanas, para que sentissem a inspiração e adotassem práticas sadias. "O modelo das sãs palavras" (2 Timóteo 1:13) deve ser estimado mais que ouro e prata e todo atrativo terrestre. Tens amado a verdade. Tens sentido intensamente a grande negligência de que nosso Senhor e Salvador tem sido objeto. Oh! ter o mesmo sentimento que Deus! Isto tens almejado. Não existe nenhum genuíno e salvador enobrecimento para o homem, à parte da verdade de Deus. ME2 252 3 "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome." Salmos 103:1. Ora, celebremos, tu e eu, cada dia um culto de ações de graças. Porventura não Lhe é devido isso, a Ele que poupou tua vida estes muitos anos, em resposta à oração da fé? Em tua fraqueza, entrega-te a ti mesma em Suas mãos, e confia plenamente nEle. Tomaremos a Palavra de Deus como a grande regra de nossa vida, a panacéia celestial ao nosso dispor. Temos procurado, tu e eu juntas, apresentar aos homens o verdadeiro modelo de doutrina, combinando santidade, misericórdia, verdade e amor. Temos procurado apresentá-los com simplicidade, de modo que as almas apreendessem a combinação de amor e santidade -- o que é, simplesmente, o cristianismo no coração. Fizemos o que pudemos para apresentar o cristianismo como coroa e glória da vida dos homens aqui no mundo, como preparo para a entrada na cidade de Deus, para lá serem Seus queridos e preciosos remidos, nas mansões que nos foi preparar. Louva, pois, ao Senhor. Louvemo-Lo! ME2 253 1 Por favor, Mariana, toma alimento, pois teu médico terrestre quer que comas, e o grande Missionário-Médico quer que comas; e a irmã [M. J.] Nelson arranjará qualquer coisa que pedires. Ninguém se alegrará mais do que eu de que tua vida seja poupada e continues a fazer a obra; mas se for chegado o tempo de tu ou eu repousarmos em Jesus, não devemos abreviar a vida recusando o alimento de que o organismo carece. Portanto come, minha querida, quer desejes quer não, e assim contribuirás para tua restauração. Faze o melhor que puderes para recuperar a saúde, e então, se aprouver ao Senhor dar-te descanso, terás feito o que pudeste. Aprecio os teus trabalhos. Louva o Senhor, Mariana, porque Jesus, o Grande Médico, pode curar-te. Com amor. -- Carta 379, 1904. ME2 253 2 College View, Nebraska 16 de Setembro de 1904 Querida Irmã Mariana: ME2 253 3 Conservo perante mim o teu caso, e aflige-me que estejas com o espírito perturbado. Desejaria confortar-te, se estivesse em meu poder. Não te foi Jesus, o precioso Salvador, tantas vezes um auxílio bem presente em tempos de necessidade? Não entristeças o Espírito Santo, mas deixa de acabrunhar-te. Isto é o que tantas vezes disseste a outros. Deixa que as palavras dos que não estão doentes, como estás, te confortem, e que o Senhor te ajude, é minha oração. ME2 253 4 Se for da vontade do Senhor que venhas a falecer, deves sentir ser teu privilégio confiar todo o teu ser, corpo, alma e espírito, às mãos de um Deus justo e misericordioso. Ele não tem essas idéias de condenação que imaginas. Quero que cesses de pensar que o Senhor não te ame. Lança-te sem reservas sobre as misericordiosas providências por Ele tomadas. Ele está à espera de que atendas ao Seu convite. ... Não deves pensar que fizeste o que quer que fosse que levasse Deus a tratar-te com severidade. Eu bem o sei. Crê, simplesmente, em Seu amor, e toma-O em Sua palavra. ... Nenhuma suspeita ou desconfiança deve tomar posse de nosso espírito. Nenhum temor da grandeza de Deus deve confundir nossa fé. Que Deus nos ajude a humilhar-nos com mansidão e modéstia. Cristo depôs Suas vestes reais e Sua real coroa, para que Se pudesse associar com a humanidade, e mostrar que os seres humanos podem ser perfeitos. Revestido das vestes de misericórdia viveu Ele em nosso mundo uma vida perfeita para nos dar prova de Seu amor. Ele fez aquilo que deveria tornar impossível a descrença nEle. De Seu alto posto de comando nas cortes celestiais Ele desceu para tomar sobre Si a natureza humana. Sua vida é exemplo do que se pode tornar a nossa. Para que nenhum temor da grandeza de Deus interviesse para atenuar nossa crença no amor divino, Cristo tornou-Se um Varão de dores, experimentado nos trabalhos. O coração humano, entregue a Ele, tornar-se-á uma harpa sagrada, a emitir sagrada música. -- Carta 365, 1904. ME2 254 0 College View, Nebraska, 26 de Setembro de 1904. ME2 254 1 Querida Irmã Mariana: Oramos para que tua vida seja conservada até que nos encontremos mais uma vez -- mas é possível que não morras, mas vivas. ... ME2 254 2 Olha para Jesus. Confia em Jesus, quer vivas quer morras. Ele é teu Redentor. Ele é nosso Doador de vida. Se adormeceres em Jesus, Ele te fará ressurgir do sepulcro, para uma gloriosa imortalidade. Possa Ele dar-te paz e conforto e esperança e alegria, daqui por diante. ME2 254 3 Põe toda a tua confiança em Jesus. Ele nunca te deixará nem te abandonará. Diz Ele: Gravei-te nas palmas de Minhas mãos. Mariana, se partires antes de mim, havemos de reconhecer-nos mutuamente, lá. Veremos, como somos vistos, e conheceremos, como somos conhecidos. Simplesmente deixa a paz de Cristo penetrar em tua alma. Sê fiel em tua confiança porque Ele é fiel em Sua promessa. Coloca tua pobre e nervosa mão em Sua mão firme e deixa que Ele te ampare e fortaleça, anime e conforte. Vou agora preparar-me para deixar esta localidade. Oh! desejaria estar contigo neste momento! Com muito amor. -- Carta 382, 1904. Mensagens a outros cuja vida se encerraria em breve ME2 255 1 Podemos simpatizar convosco, embora distantes de vós. Eu diria: Não renuncieis à esperança, mas apegai-vos à promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á." Lucas 11:9. Entretanto, não vos sintais desanimados se Aquele que é capaz de realizar a obra da cura, Aquele que conhece o fim desde o princípio, permitir que Sua filha morra, para ressurgir na manhã da ressurreição: Dizei: "Não se faça minha vontade, mas a Tua, ó Deus." ... Se vossa esposa baquear sob a enfermidade, lembrai-vos de que há uma vida futura. A última trombeta chamará a todos os que receberam a Cristo, nEle creram, e Lhe confiaram sua salvação. ME2 255 2 Minha querida irmã, havemos de orar por ti. Tens nossa simpatia. Apresentaremos teu caso ao grande Médico. Compreendo que isto já foi feito. Apega-te firme à mão dAquele que pode abençoar e curar, se vê que é para teu bem presente e eterno. E agora, meu irmão e minha irmã, enquanto ambos viveis, usai este precioso tempo para, pela fé, apropriar-vos das preciosas promessas da Palavra de Deus. Sou grata por isso que ambos vos apresentais como quem humildemente busca o perdão de todo pecado. Este é vosso privilégio. Não descreiais. ME2 255 3 Nosso amado Salvador deu a vida pelos pecados do mundo, e empenhou Sua palavra de que salvará a todos os que forem ter com Ele. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Estas são as condições de alcançar a vida eterna. Cumpri-as, e vossa esperança estará assegurada, quer vivais, quer morrais. Confiai no Redentor, que salva os homens. Lançai sobre Ele vossa alma desamparada, e Ele vos aceitará e abençoará e salvará. Tão-somente crede. Recebei-O de todo o vosso coração, e sabei que Ele quer que alcanceis a coroa da vida. Seja este vosso maior e mais sincero pedido. Fazei uma entrega completa, e Ele vos purificará de toda a contaminação, e de vós fará vasos para honra. Podeis ser lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Assim alcançareis a vitória. ... Permanecei firmes na fé. -- Carta 45, 1905. Palavras a um ministro à morte, por câncer ME2 256 1 Não nos esquecemos de vós; lembramos-nos de vós, em nossas orações junto ao altar de família. Fico acordada à noite, instando com Deus em vosso favor. ME2 256 2 Oh! sinto-me muito pesarosa por vós. Continuarei a orar para que a bênção de Deus repouse sobre vós. Ele não vos deixará sem conforto. Este mundo bem pouco vale, mas, meu caro irmão e irmã, Jesus diz: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mateus 7:7. Pleiteio esta promessa em vosso favor. ... ME2 256 3 Meu irmão, uma noite tive a impressão de que me aproximava de vós e dizia: "Apenas um pouco mais, apenas mais algumas ânsias de dor, umas poucas horas mais de sofrimento, e então o repouso, o bendito repouso. De modo especial encontrareis a paz. Toda a humanidade tem de ser provada. Todos nós temos de sorver o cálice e ser batizados com a aflição. Cristo, porém, experimentou a morte por todos os homens, em sua mais amarga forma. Ele sabe como ter compaixão, como ter simpatia. Repousai, tão-somente, em Seus braços; Ele vos ama, e vos remiu com Seu amor eterno. Sede fiel até à morte, e recebereis a coroa da vida. ME2 256 4 "Todos os que vivem em nosso mundo daqui por diante conhecerão o sentido das provações. Sei que Deus vos dará graça, que Ele não vos abandonará. Lembrai-vos da promessa divina: 'Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito; para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.' Apocalipse 14:13. Tende bom ânimo. Eu estaria convosco agora se pudesse, mas encontrar-nos-emos na manhã da ressurreição." ... ME2 256 5 Dirigia eu também palavras de conforto à irmã C. Eu a animava, e o aposento parecia repleto de anjos de Deus. Tende bom ânimo, ambos vós. O Senhor não vos deixará nem desamparará. -- Carta 312, 1906. ------------------------Capítulo 27 -- Os que choram O luto abranda e enternece ME2 257 1 Tem sido meu quinhão ser macerada pela enfermidade, que tem tido influência suavizante e enternecedora, removendo de meu coração a inimizade, e enchendo-o de simpatia e amor. Minha vida de luta, dor e sofrimento não tem sido sem preciosas revelações da presença de meu Salvador. Meus olhos têm sido atraídos para os céus que resplandecem em beleza acima de nós; tenho tido vislumbres do mundo eterno e da grandíssima recompensa. Quando tudo tem parecido escuro, tem havido uma fenda nas nuvens, e raios solares vindos do trono têm dispersado as sombras. Deus não deseja que qualquer de nós permaneça oprimido por surda tristeza, de coração ferido e quebrantado. Deseja Ele que olhemos para cima, para ver o arco-íris da promessa, e refletir luz sobre outros. ME2 257 2 Oh! o bendito Salvador está ao lado de muitos cujos olhos estão de tal modo cegados pelas lágrimas que não O distinguem! Ele almeja apertar firmemente nossa mão, enquanto a Ele nos apegarmos com fé simples, implorando-Lhe que nos guie. É privilégio nosso alegrar-nos em Deus. Se dermos entrada em nossa vida ao conforto e à paz de Jesus, seremos conservados bem perto de Seu grande coração de amor. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1884. Veremos de novo nossos filhos Conforto a uma mãe, pela morte de um filho ME2 258 1 Ao relatardes vossa experiência, isto é, o falecimento de vosso filho, e de como vos prostrastes em oração, submetendo vossa vontade à vontade de vosso Pai celestial, deixando com Ele a solução do caso, comoveu-se-me o coração de mãe. Passei por experiência semelhante a essa pela qual acabais de passar. ME2 258 2 Aos dezesseis anos de idade, meu filho mais velho caiu doente. Seu caso foi considerado grave, e ele nos chamou para junto do leito e disse: "Papai, Mamãe, ser-lhes-á duro separarem-se de seu filho mais velho. Se o Senhor houver por bem poupar minha vida, por amor dos senhores, ficarei satisfeito. Se for para meu bem e para glória de Seu nome que minha vida se encerre agora, direi: Bem está minha alma. Papai, vá a sós, e Mamãe, vá também a sós; e orem. Então hão de receber uma resposta de acordo com a vontade de meu Salvador, a quem os senhores amam e eu amo também." Receava ele que, se nos prostrássemos juntos em oração, nossas simpatias se fortalecessem, e pedíssemos aquilo que não conviria que o Senhor concedesse. ME2 258 3 Fizemos como ele pedira, e nossas orações foram em todos os pontos semelhantes às orações que fizestes vós. Não recebemos evidência de que nosso filho se restabelecesse. Ele faleceu, pondo sua inteira confiança em Jesus, nosso Salvador. Sua morte foi para nós um grande golpe, mas foi uma vitória mesmo em presença da morte; pois sua vida estava escondida com Cristo em Deus. ME2 258 4 Antes da morte de meu filho mais velho, meu bebê adoeceu de morte. Oramos, pensando que o Senhor nos poupasse nosso queridinho; mas cerramos-lhe os olhos, na morte, e pusemo-lo a descansar em Jesus, até que o Doador de vida venha para despertar os Seus preciosos entes queridos, para a gloriosa imortalidade. ME2 259 1 Então meu marido, o fiel servo de Jesus Cristo, que por trinta e seis anos estivera ao meu lado, foi-me arrebatado, e fui deixada a labutar sozinha. Ele dorme em Jesus. Não tenho lágrimas para derramar sobre o seu túmulo. Quanto, porém, lhe sinto a falta! Como almejo suas palavras de conselho e sabedoria! Como desejaria ouvir suas orações unidas às minhas, pedindo luz e guia, sabedoria para saber como planejar e dirigir a obra! ME2 259 2 O Senhor, porém, tem sido meu Conselheiro, e o Senhor vos dará graça para suportardes vossa tristeza. ME2 259 3 Indagais quanto a serem salvos vossos pequenos. São vossa resposta as palavras de Cristo: "Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais, porque de tais é o reino de Deus." Lucas 18:16. ME2 259 4 Lembrai-vos da profecia: "Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles. ... Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança no derradeiro fim para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos." Jeremias 31:15-17. ME2 259 5 Esta promessa vos pertence. Podeis confortar-vos e confiar no Senhor. O Senhor muitas vezes me instruiu de que muitos pequeninos hão de ser removidos antes do tempo de angústia. Havemos de ver de novo nossos filhos. Havemos de encontrar-nos com eles e reconhecê-los nas cortes celestes. Ponde vossa confiança no Senhor, e não temais. -- Carta 196, 1899. As crianças na ressurreição Linhas traçadas por ocasião da morte da filha da irmã gêmea da Sra. White ME2 259 6 Nossas mais acarinhadas esperanças são aqui muitas vezes frustradas. Nossos queridos são-nos arrebatados pela morte. Fechamos-lhes os olhos e vestimos-lhes a mortalha, depondo-os para além de nossa vista. Mas a esperança nos ergue o ânimo. Não nos separamos para sempre, pois havemos de rever os queridos que dormem em Jesus. Hão de voltar da terra do inimigo. Virá o Doador de vida. Miríades de santos anjos O escoltarão em Seu caminho. Ele romperá os laços da morte, partirá os grilhões da tumba, e os preciosos cativos sairão, com saúde e imortal beleza. ME2 260 1 Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem. Muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para junto da árvore da vida. ME2 260 2 Jesus lhes coloca o áureo círculo de luz, a coroa, sobre as cabecinhas. Conceda Deus que a querida mãe de "Eva" ali esteja, para que suas pequeninas asas se dobrem no alegre seio de sua mãe. -- The Youth's Instructor, Abril de 1858. Jesus diz: "apóia-te em mim" Palavras a pais que perderam filhos no mar ME2 260 3 Tenho pensado em vós muitas, muitas vezes. ... ME2 260 4 São muito grandes os consolos das Escrituras; são abundantes em consolação para os aflitos e em luto, os doentes e sofredores. Parece-me ver Jesus a dizer-vos: Pai e Mãe D, "Apoiai-vos em Mim, apoiai-vos pesadamente. Eu vos ampararei. Meu braço jamais vos faltará. Será forte para vos suster através de todos os lugares acidentados e difíceis. Tão-somente tornai-Me vossa confiança e sereis guiados seguramente e firmemente amparados." ME2 260 5 Oh! a preciosa Bíblia, suas verdades repletas de tutano e gordura! [Salmos 63:5.] Podemos considerar a luz das promessas e nela nos regozijar. São os graciosos pronunciamentos de um Deus infinito. Sua voz nos fala através de Sua Palavra. Espero que estejais de bom ânimo. ME2 260 6 A aflição que vos sobreveio, talvez não possais explicar. Tudo pode permanecer em mistério impenetrável, até que o mar dê os seus mortos. Não se prostre, porém, vosso coração em tristeza, pois eles são a propriedade do Senhor, e Ele com os Seus fará o que Lhe aprouver. Isto sabemos: que Seu amor é maior do que o nosso pode ser, e Jesus tanto os amou que deu a vida para os redimir; deixai-os, pois, repousar, e que vosso coração se expanda mais decididamente para Jesus, a fim de que Ele supra toda a fome de alma, toda necessidade. ... ME2 261 1 Sejam quais forem vossas circunstâncias, por escuros e misteriosos que sejam os caminhos da Providência, embora a vereda possa conduzir através das águas profundas, e provas e tristezas possam afligir repetidamente, vem-nos todavia a certeza: "Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus." Romanos 8:28. "Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia." 2 Timóteo 1:12. -- Carta 32, 1893. Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor Conforto por motivo da morte de uma mãe ME2 261 2 Prezada Irmã: Li a carta ... acerca do falecimento de vossa mãe, e só pude dizer: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor." Apocalipse 14:13. Por longo tempo vossa mãe esteve muito débil. Cuidastes dela constantemente. Não lhe ver mais o rosto será para vós uma grande dor. Se morássemos mais perto de vós, diríamos: Vinde aqui à parte, e repousai um pouco. Mas vossos deveres reclamam vosso tempo. Dir-vos-ei: Confiai no Senhor. ME2 261 3 Sentireis muito vivamente a morte de vossa mãe; mas deixai-me dizer que eu não me entristeço pelos mortos justos, mas pelos vivos. Sei que depusestes vossa mãe na tumba na plena esperança de que ela ressurgirá quando soar a trombeta de Deus. ... Bem sei o que significa sepultar entes queridos. Meu pai, minha mãe, irmãos e irmãs, meu marido e dois de meus filhos, dormem em suas sepulturas. Minha irmã Maria e eu com meus dois filhos somos todos os que restaram. -- Carta 98, 1903. Aguardai a feliz reunião da família Conforto por motivo da perda da esposa ME2 262 1 Prezado Irmão: Tivemos notícia do falecimento de vossa esposa, mas não recebemos pormenores acerca de sua doença. ME2 262 2 Simpatizamos convosco. Oramos para que o Senhor vos conforte e vos comunique a Sua graça, de modo que não sejais prostrado pelo excesso de tristeza. Agradeçamos a Deus por isso que temos o rosto volvido para a herança prometida. Agradeçamos-Lhe por estar perto a Sua salvação, e não distante. ME2 262 3 Ao olhardes para os vossos filhinhos, para com os quais vossa esposa tão fielmente se desincumbia de suas responsabilidades como mãe, tendes razão de regozijar-vos por ter ela feito o que podia para os criar na doutrina e admoestação do Senhor. O bendito Salvador, que tomava nos braços os pequenos e os abençoava, não deixará vossos filhos ou a vós mesmo sem conforto. Repousa agora sobre vós uma responsabilidade dobrada. Que o Senhor inspire o coração dos que hão de tratar desses cordeiros do redil de Cristo, para que o façam gentil, terna e amorosamente, de modo que seus jovens e inexperientes pés sempre sejam guiados por caminho seguro. ME2 262 4 Queridos pequenos, a irmã White vos ama, e pedirá ao Salvador que vos abençoe, pois ela vos ama como filhinhos do Salvador. ME2 262 5 Irmão E, sei que ficareis triste porque tivestes que enterrar alguém que era cara ao vosso coração. Que, porém, dizem as Escrituras? "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. E ouvi uma voz do Céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam." Apocalipse 14:12, 14. ME2 262 6 Oraremos por vós e por vossos preciosos pequeninos, para que possais, mediante paciente continuação em fazer o bem, conservar vossa face e vossos passos sempre em direção do Céu. Oraremos para que tenhais influência e êxito em guiar vossos pequenos, a fim de que, com eles, possais alcançar a coroa da vida, e no lar lá de cima, que agora está sendo preparado para nós, vós e vossa esposa e filhos possais ser uma família reunida, feliz e jubilosa, para nunca mais vos separardes. ME2 263 1 Com muito amor e simpatia. -- Carta 143, 1903. Serão chamados na ressurreição especial Palavras a um esposo e filhos, por motivo da perda da esposa e mãe ME2 263 2 Prezado Irmão: Quase não sei que lhe dizer. A notícia do falecimento de sua esposa foi para mim avassalante. Quase não o pude acreditar, e ainda agora dificilmente acredito. Deus, na noite do sábado passado, deu-me uma visão que escreverei. ... ME2 263 3 Vi que ela estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a terra, e estaria com os 144.000. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia, e tudo que pudéssemos lamentar seria nossa perda de ficar privados de sua companhia. Vi que seu falecimento redundaria em bem. ME2 263 4 Advirto a F e ao restante dos filhos a que se preparem para ir ao encontro de Jesus, e então verão de novo sua mãe, para nunca mais se separar. Ó filhos, não levareis a sério a fiel advertência que ela vos fez quando convosco, não deixando que todas as orações que ela dirigiu a Deus em vosso favor sejam como água entornada sobre a terra? Preparai-vos para ir ao encontro de Jesus, e tudo estará bem. Dai a Deus vosso coração e não repouseis um dia sequer, até que saibais que amais a Jesus. ME2 263 5 Prezado irmão, temos orado a Deus para que vos cinja e fortaleça, para suportardes vossa perda. Deus estará convosco e vos susterá. Tão-somente tende fé. ... ME2 263 6 Não vos entristeçais como os que não têm esperança. O túmulo só a poderá reter por um pouco de tempo. Esperai em Deus e animai-vos, caro irmão, e haveis de revê-la dentro em pouco. Não cessaremos de orar pedindo que as bênçãos de Deus repousem sobre vossa família e sobre vós. Deus será vosso Sol e escudo. Ele estará ao vosso lado nesta vossa profunda aflição e prova. Suportai bem a prova, e recebereis uma coroa de glória com vossa companheira, quando aparecer Jesus. Apegai-vos à Verdade, e com ela sereis coroado com glória, honra, imortalidade e vida eterna. -- Carta 10, 1850. Não há pecado em chorar Conforto a uma viúva ME2 264 1 Querida Irmã: Simpatizamos convosco em vosso luto e viuvez. Passei pelo caminho que vós agora palmilhais, e sei o que significa. Quanta tristeza existe em nosso mundo! Quanta aflição! Quanto pranto! Não é direito dizer aos que estão de luto: "Não chore! Não é direito chorar." Estas palavras pouca consolação encerram. Não há pecado em chorar. Embora o falecido tenha sofrido por anos, devido à fraqueza e dor, isso não enxuga de nossos olhos as lágrimas. ME2 264 2 Nossos queridos falecem. Encerram-se suas contas com Deus. Mas conquanto consideremos coisa séria e solene o morrer, devemos, entretanto, considerar coisa muito mais solene o viver. Cada dia de nossa vida se acha carregado de responsabilidades de que nos devemos desempenhar. Nossos interesses individuais, nossas palavras, nossas ações, fazem impressão sobre aqueles com quem temos contato. Devemos encontrar nosso consolo em Jesus Cristo. Precioso Salvador! Ele sempre Se condoeu da desgraça humana. ... Apegai-vos à Fonte de vossas forças. -- Carta 103, 1898. Ele dorme em Jesus Por motivo do falecimento de um marido e pai ME2 265 3 Minha Querida e Aflita Irmã: Aflijo-me convosco em vossa aflição. Embora eu não esperasse rever vosso esposo nesta vida, entristeceu-me o ouvir de seu falecimento, e das pesadas responsabilidades que isso vos acarretou, no cuidado da família. Simpatizamos convosco, e oraremos muitas vezes por vós e vossos filhos. Vosso marido dorme em Jesus. "Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito; para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam." Apocalipse 14:13. ME2 265 1 O Pai ama a todos os que são crentes de fato e de verdade, como membros do corpo de que Cristo é a Cabeça. Deveis agora assentar-vos, sob a sombra de Cristo, e experimentareis a Sua paz. Pensai em Cristo. Olhai para Ele com fé, crendo em Suas promessas. Mantende confiante vosso espírito. Jesus será vosso arrimo. Apoiai-vos nEle, confiai nEle. Não fiqueis tristes mais do que a justa medida, mas alentai-vos, pois um fardo pesado repousa sobre vós. Ponde vossa confiança nAquele cujo braço jamais vos faltará. ME2 265 2 Perdi meu esposo, e sei por experiência que tristeza é a vossa. Mas olhando para Jesus encontrareis encorajamento. Oxalá tenhais a bênção do Senhor cada dia. Minha prezada irmã, que o Senhor vos abençoe e sustenha. ME2 265 3 Está escuro demais para enxergar, agora, de modo que vos direi boa-noite. Sede o mais animosa que puderdes, por amor de vossos filhos. -- Carta 167, 1905. ME2 265 4 Queridos Filhos: ME2 265 5 Devo escrever-vos algumas linhas. Desejaríamos poder chegar a vosso lar e chorar convosco e convosco ajoelhar-nos em oração. Não quereis vós, cada um, buscar ao Senhor e servi-Lo? Podeis ser grande bênção a vossa mãe, não fazendo coisa alguma que lhe entristeça o coração. O Senhor Jesus vos receberá se Lhe derdes o coração. Fazei tudo que for possível para aliviar vossa mãe de todo cuidado e encargo. ME2 265 6 O Senhor prometeu ser Pai dos órfãos. Se Lhe derdes o coração, Ele vos dará poder para vos tornardes filhos e filhas de Deus. Se os filhos mais velhos aliviarem a mãe tomando sobre si quantos encargos puderem, e tratando bondosamente as crianças menores, ensinando-as a procederem bem e não aborrecer a mãe, o Senhor os abençoará grandemente. ME2 265 7 Dai vosso coração ao amante Salvador, e fazei tão-somente aquilo que é agradável a Sua vista. Não façais nada que entristeça vossa mãe. Lembrai-vos de que o Senhor vos ama, e que cada um de vós pode tornar-se membro da família de Deus. Se fordes fiéis aqui, quando Ele vier nas nuvens do céu revereis vosso pai, e sereis uma família unida. ME2 266 1 Com amor. -- Carta 165, 1905. O Senhor deve ser vosso conforto Por motivo do falecimento de um esposo ME2 266 2 Prezada Irmã: Acaba de ser-me colocada nas mãos uma carta da irmã G, dando notícia de vosso luto. Simpatizo profundamente convosco, minha irmã. Se eu estivesse onde vos pudesse visitar, assim o faria. ME2 266 3 Dir-vos-ei, minha irmã, que o Senhor não deseja que vos aflijais, possuindo-vos de tristeza. Vosso marido vos foi poupado muitos anos mais do que eu supunha. Deus misericordiosamente o poupou, e misericordiosamente, após muito sofrimento, o pôs a descansar em Jesus. ... Vosso marido e meu marido estão repousando. Não têm mais dor, nem sofrimento. Estão em repouso. ME2 266 4 Sinto, minha irmã, estardes em aflição e tristeza. Mas Jesus, o precioso Salvador, vive. Ele vive para vós. Quer que vos conforteis em Seu amor. Não vos acabrunheis; confiai no Senhor. Lembrai-vos de que nem um pardal cai ao chão sem que vosso Pai celestial o note. ... ME2 266 5 Confortai-vos, minha irmã, no Senhor. "Já que Cristo padeceu por nós, ... armai-vos também vós com este pensamento" ["do mesmo pensamento", diz a Trad. atualizada]. 1 Pedro 4:1. Insto convosco a que, em vosso sofrimento, apoieis vossa alma em Deus. O Senhor será vosso auxílio, vossa força, vosso conforto. Olhai, pois, para Ele, e nEle confiai. Temos de receber de Cristo nossa consolação. Aprendei em Sua escola Sua mansidão e humildade de coração. Mostre cada palavra que pronunciais, que reconheceis a bondade, a misericórdia e o amor de Deus. Resolvei ser um conforto e bênção a todos no lar. Criai uma atmosfera doce, pura, celestial. ... ME2 266 6 Abri as janelas da alma para o Céu, e deixai entrar a luz do Sol da Justiça. Não vos queixeis. Não lamenteis nem choreis. Não olheis para o lado escuro. Deixai que a paz de Deus reine em vossa alma. Então tereis força para suportar todos os vossos sofrimentos, e vos alegrareis de terdes graça para resistir. Louvai ao Senhor; falai de Sua bondade; falai de Seu poder. Suavizai a atmosfera que circunda vossa alma. ME2 267 1 Não desonreis a Deus por palavras de descontentamento, mas louvai-O com o coração, e a alma e a voz. Olhai para o lado brilhante de todas as coisas. Não introduzais em vosso lar uma nuvem ou sombra. Louvai Aquele que é a luz de vosso semblante e vosso Deus. Fazei isto, e vereis quão suavemente tudo decorrerá. ME2 267 2 Com amor, a vós e a vossa filha. -- Carta 56, 1900. Ellen G. White em sua hora de aflição ME2 267 3 Em minha recente aflição, tive uma nítida visão da eternidade. Fui, por assim dizer, levada perante o grande trono branco, e vi minha vida como aparecerá ali. Não posso encontrar coisa alguma de que me glorie, mérito nenhum que possa alegar. "Indigna, indigna do menor dos Teus favores, ó meu Deus!" é meu brado. Minha única esperança está no crucificado e ressurgido Salvador. Alego os méritos do sangue de Cristo. Jesus salvará perfeitamente a todos os que nEle puserem a confiança. ME2 267 4 Às vezes me é difícil conservar o semblante alegre, quando meu coração se parte de angústia. Mas não permito que minha tristeza lance sombra sobre todos os que me rodeiam. Períodos de aflição e tristeza muitas vezes se tornam mais acabrunhadores e aflitivos do que deveriam ser, porque é costume entregar-nos a lamentos sem restrição. Pelo auxílio de Jesus, resolvi fugir a este mal; minha resolução, porém, foi duramente provada. A morte de meu marido foi para mim pesado golpe, sentido mais agudamente porque foi repentino. Quando vi o selo da morte sobre seu semblante, meus sentimentos foram quase insuportáveis. Anelava desabafar em altos gritos a minha angústia. Sabia, porém, que isso não salvaria a vida de meu amado, e concluí que não seria cristão entregar-me à tristeza. Busquei auxílio e conforto de cima, e as promessas de Deus em mim se verificaram. Susteve-me a mão do Senhor. É pecado condescender, sem restrições, com choro e lamentos. Pela graça de Cristo podemos, sob severa prova, ficar tranqüilos e mesmo animosos. ME2 268 1 Aprendamos uma lição de ânimo e fortaleza da última entrevista de Cristo com os apóstolos. Estavam para separar-se: Nosso Salvador penetrava na vereda sangüenta, que O levaria ao Calvário. Nunca houve cena mais probante do que essa pela qual havia de logo passar. Os apóstolos haviam ouvido as palavras de Cristo, predizendo Seus sofrimentos e morte, e tinham o coração pesado de tristeza, o espírito transtornado pela dúvida e temor. Entretanto, não houve gritos de desabafo; não se abandonaram à tristeza. Aquelas últimas, solenes e momentosas horas, passou-as o Salvador dirigindo palavras de conforto e confiança aos discípulos, e então todos se uniram num cântico de louvor. ... Tempo para oração e louvor ME2 268 2 Quando nos assediam dificuldades e provações, devemos fugir para Deus, e confiantemente esperar auxílio dEle, que é poderoso para salvar e forte para livrar. Temos de pedir as bênçãos de Deus, se é que as queremos receber. A oração é um dever e uma necessidade; não negligenciamos, porém, o louvor? Não deveríamos mais freqüentemente render ações de graças ao Doador de todas as nossas bênçãos? Precisamos cultivar a gratidão. Devemos freqüentemente contemplar e contar de novo as misericórdias de Deus, e louvar e glorificar o Seu santo nome, mesmo quando passamos por tristeza e aflição. ... ME2 268 3 É grande para conosco a bondosa misericórdia do Senhor. Ele jamais deixará nem desamparará os que nEle confiam. Se pensássemos e falássemos menos em nossas provas, e mais na misericórdia e bondade de Deus, sentir-nos-íamos erguidos acima de boa parte de nossas sombras e perplexidades. Meus irmãos e irmãs, vós que sentis que estais a entrar numa vereda escura, e como os cativos de Babilônia tendes de dependurar as harpas nos salgueiros, tentemos cantar hinos animosos. Direis talvez: Como posso cantar, tendo ante mim esta perspectiva sombria, com este fardo de tristezas e aflições sobre minha alma? Mas porventura as tristezas terrestres nos privaram do todo-poderoso Amigo que temos em Jesus? Não deveria o maravilhoso amor de Deus no dom de Seu querido Filho ser um tema de constante regozijo? Quando apresentamos nossas petições ao trono da graça, não nos esqueçamos de apresentar também cânticos de ações de graças. "Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará." Salmos 50:23. Enquanto viver nosso Salvador, temos motivo para incessante gratidão e louvor. -- The Review and Herald, 1 de Novembro de 1881. A gloriosa manhã da ressurreição Mensagem a amigos, da ilha Pitcairn ME2 269 1 Ficamos muito tristes, quinta-feira passada, ao saber de vossa profunda aflição. Nosso coração punge por termos ouvido do falecimento de membros da família de nosso querido irmão [J. R.] McCoy. Nossas simpatias se estendem a todos os contristados por essa aflição. Apresentamos nossa simpatia aos filhos e membros da família que passaram por esse duro transe, mas desejamos apresentar-vos a Jesus como nossa única esperança e consolação. A querida companheira de nosso provado irmão McCoy, e mãe dos contristados filhos a quem ela amava, silenciou na morte. Mas, conquanto choremos com os que choram, nosso coração se alegra por isso que essa querida mãe e filha, e o irmão Young, ancião de vossa igreja, e outros que possam ter sido removidos pela morte, criam em Jesus e O amavam. ME2 269 2 Que vos confortem as palavras de Paulo: "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto pela Palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." 1 Tessalonicenses 4:13-18. ME2 270 1 Não somos como os gentios, que passam dias e noites em lamentações, quando não se ouve nada senão plangentes cânticos pelos mortos, com o fim de despertar simpatia humana. Não devemos cobrir-nos de vestes de luto e apresentar semblante lamentoso, como se nossos amigos e parentes tivessem partido de nós para sempre. João exclama: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. E ouvi uma voz do Céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam." Apocalipse 14:12, 13. ME2 270 2 Quão apropriadas são as palavras de João no caso destes queridos que dormem em Jesus! O Senhor os amava, e as palavras por eles proferidas quando em vida, os trabalhos de amor que hão de ser lembrados, serão repetidos por outros. Sua fervorosa sinceridade na causa de Deus, deixa um exemplo a ser seguido por outros, pois o Espírito Santo neles operou tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. ME2 270 3 "E, se o Espírito dAquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, Aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que em vós habita." Romanos 8:11. Oh! quão preciosas são estas palavras a toda alma contristada! Cristo é nosso Guia e Confortador, que nos conforta em todas as tribulações. Quando Ele nos dá a sorver um trago amargo, também chega aos nossos lábios uma taça de bênçãos. Ele enche o coração de submissão, de gozo e paz ao crermos, e nos habilita a dizer, submissos: Não minha, mas Tua vontade, Senhor, seja feita! "O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor." Jó 1:21. Com esta submissão, ressurge a esperança, e a mão da fé se apodera da mão do poder infinito. "Aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que em vós habita." Romanos 8:11. ME2 270 4 Os mesmos corpos que são semeados em corrupção, ressurgirão em incorrupção. Aquilo que é semeado em desonra, ressurgirá em glória; semeado na fraqueza, se levantará em poder; semeado corpo natural, ressurgirá corpo espiritual. Os corpos mortais são vivificados por Seu Espírito, que habita em vós. ME2 271 1 Cristo reivindica como Seus, todos aqueles que creram em Seu nome. O poder vitalizante do Espírito de Cristo, a habitar no corpo mortal, liga a Jesus Cristo toda a alma crente. Os que crêem em Jesus são sagrados ao Seu coração; pois sua vida está escondida com Cristo em Deus. Sairá, do Doador da vida, a ordem: "Despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos." Isaías 26:19. ME2 271 2 O Doador da vida chamará a Sua adquirida possessão, quando da ressurreição primeira, e até aquela hora triunfante, quando há de soar a última trombeta e o vasto exército ressurgirá para a vitória eterna, todo santo que dorme será conservado em segurança, guardado como jóia preciosa, conhecido de Deus por nome. Pelo poder do Salvador que neles habitou quando vivos e por terem sido participantes da natureza divina, são ressurgidos dentre os mortos. ME2 271 3 Cristo dizia ser o Unigênito do Pai, mas os homens, envoltos na descrença, entrincheirados no preconceito, negaram o Santo e Justo. Foi acusado de blasfêmia, e condenado a morte cruel, mas partiu as cadeias do túmulo, e triunfante surgiu dentre os mortos, e sobre o fendido sepulcro de José, declarou: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Todo o poder, no Céu e na Terra nEle se achava investido, e os justos também ressurgirão da tumba, livres em Jesus. Serão considerados dignos de alcançar aquele mundo, e a ressurreição dos mortos. "Então os justos resplandecerão como o Sol, no reino de seu Pai." Mateus 13:43. ME2 271 4 Que manhã gloriosa não será a manhã da ressurreição! Que cena maravilhosa se abrirá quando Cristo vier, para Se fazer admirado em todos os que crêem! Todos os que foram participantes da humilhação e sofrimentos de Cristo serão participantes de Sua glória. Pela ressurreição de Cristo, todo santo crente que adormece em Jesus, sairá, triunfante, de seu cárcere. Os santos ressurgidos proclamarão: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. ... ME2 272 1 Jesus Cristo triunfou sobre a morte e rompeu os grilhões do túmulo, e todos os que no túmulo dormem participarão da vitória; sairão das sepulturas, como fez o Vencedor. ... Deus não vos abandonou ME2 272 2 Queridas almas contristadas, tão rudemente turbadas, Deus não vos deixou para serdes joguete das tentações de Satanás. Abra-se vosso pesaroso coração para receber as palavras de consolo de vosso compassivo Redentor. Jesus vos ama. Recebei os brilhantes raios do Sol da Justiça e confortai-vos. Dai graças Àquele que ressurgiu dentre os mortos, e que vive para sempre, para fazer intercessão por vós. Jesus Cristo é um Salvador vivo. Não está no túmulo novo de José. Ele ressurgiu, Ele ressurgiu! Regozijai-vos, mesmo neste vosso dia de tristeza e acabrunhamento, por terdes um Salvador que simpatiza convosco em todas as vossas mágoas. Ele chorou junto ao sepulcro de Lázaro, e identifica Seus pesares com os dos filhos pesarosos. ME2 272 3 Em todos os vossos conflitos, em todas as provas e perplexidades da vida, buscai conselho de Deus. A vereda da obediência a Deus é qual luz resplandecente, que brilha mais e mais até ser dia perfeito. Segui, passo a passo, no caminho do dever. Talvez tenhais que escalar lugares íngremes, mas prossegui na vereda da humildade, da fé e abnegação, deixando atrás de vós as nuvens da dúvida. Não vos entristeçais de modo desesperançoso, pois os vivos precisam de vossos cuidados e amor. Alistastes-vos no exército do Senhor; sede bravos soldados de Jesus Cristo. Subam diante de Deus palavras de penitência e grato louvor, como suave incenso em Seu santuário celestial. ME2 272 4 Podereis encontrar decepção, e talvez vos sejam negados vossos caminhos e vontades; tende, porém, a certeza de que o Senhor vos ama. Poderá envolver-vos o fogo da fornalha, não com o fim de vos destruir, mas para consumir a palha, a fim de que saiais como ouro sete vezes purificado. Conservai em mente que Deus vos dará salmos entre a noite. Jó 35:10. Pode parecer que trevas vos envolvam, mas não deveis olhar às nuvens. Para além da mais negra nuvem há uma luz sempre a brilhar. O Senhor tem luz para toda alma. Abri a porta do coração à esperança, paz e alegria. Jesus diz: "Tenho-vos dito isto, para que o Meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo." João 15:11. ME2 273 1 Deus tem uma obra especial para cada qual, e cada um de nós pode fazer bem feita a obra que Deus lhe designou. Só o que devemos temer, de nossa parte, é que não mantenhamos os olhos constantemente fixos em Jesus, que não tenhamos em vista unicamente a glória de Deus, de modo que, se fôssemos chamados a depor a armadura e adormecer na morte não estivéssemos preparados para prestar contas de nosso depósito. Não vos esqueçais, por um momento que seja, de que sois propriedade de Cristo, adquirida por preço infinito, e que O deveis glorificar no vosso espírito e vosso corpo, os quais Lhe pertencem. Tende bom ânimo ME2 273 2 Aos conturbados desejaria dizer: Tende bom ânimo, na esperança da manhã da ressurreição. As águas das quais vos tendes abeberado são ao vosso paladar amargas como foram as de Mara aos filhos de Israel, no deserto, mas Jesus pode, com Seu amor, torná-las tão doces! Quando Moisés apresentou ante o Senhor as lastimáveis dificuldades dos filhos de Israel, não apresentou Ele algum remédio novo, mas chamou-lhes a atenção para aquilo que estava à mão; pois havia ali uma moita ou arbusto por Ele criado, e que devia ser lançado à água para tornar a fonte doce e pura. Feito isto, o povo sofredor pôde sorver da água, com agrado e segurança. ME2 273 3 Deus proveu um bálsamo para toda ferida. Há um bálsamo em Gileade, há ali um médico. Não querereis agora, como nunca dantes, estudar as Escrituras? Buscai do Senhor sabedoria em toda emergência. Em cada prova, suplicai a Jesus que vos mostre um meio de saída de vossas dificuldades, e então vossos olhos se abrirão para verdes o remédio e aplicardes ao vosso caso as curadoras promessas que foram registradas em Sua Palavra. Deste modo o inimigo não encontrará lugar para vos levar a lamentações e descrença, mas ao contrário, tereis fé, e esperança e ânimo no Senhor. O Espírito Santo dar-vos-á claro discernimento, para que possais ver cada bênção e apropriar-vos delas, as quais agirão como antídoto à tristeza, como um ramo de cura a todo trago amargo que vos seja levado aos lábios. Cada trago de amargura será misturado com o amor de Jesus, e em vez de vos queixardes da amargura, vereis que o amor e a graça de Jesus por tal forma se combinam com a tristeza, que esta se transformará em alegria suave, santa e santificada. ME2 274 1 Quando Henrique White, nosso filho mais velho, estava à morte, disse: "Um leito de dor é lugar precioso quando temos a presença de Jesus." Quando somos obrigados a sorver das águas amargas, volvamo-nos do amargo para o precioso e brilhante. Na prova, a graça pode dar à alma humana a confiança, e quando estamos junto à cama de um moribundo e vemos como o cristão pode suportar o sofrimento e atravessar o vale da morte, reunimos forças e coragem para trabalhar, e não fracassamos, nem ficamos desanimados de guiar almas a Jesus. -- Carta 65a, 1894. Os melhores consoladores ME2 274 2 Os que têm suportado as maiores tristezas são freqüentemente os que levam aos outros os maiores confortos, introduzindo a luz do Sol aonde quer que vão. Esses foram purificados e enternecidos por suas aflições; não perderam a confiança em Deus quando assaltados pelas dificuldades, mas se apegaram mais intimamente ao Seu protetor amor. Esses são uma viva prova do terno cuidado de Deus, que faz as trevas assim como a luz e nos disciplina para nosso bem. Cristo é a luz do mundo; nEle não há trevas. Preciosa luz! Vivamos nessa luz! Digamos adeus à tristeza e descontentamento. Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez o digo: Regozijai-vos. -- The Health Reformer, Outubro de 1877, p. 12. ------------------------Capítulo 28 -- Declarações acerca do uso de drogas Uma declaração em resposta a perguntas sobre drogas ME2 279 1 Vossas perguntas, digo, são em grande parte, se não definitivamente, respondidas em How to Live. Os tóxicos das drogas querem dizer os artigos que mencionastes. Os remédios mais simples são menos danosos, na proporção de sua simplicidade; mas em muitíssimos casos são eles usados quando não são absolutamente necessários. Há simples ervas e raízes que qualquer família pode usar por si mesma, não sendo preciso chamar um médico mais depressa do que chamariam um advogado. Não penso vos poder dar uma linha definida de remédios compostos e receitados por médicos, que sejam perfeitamente inofensivos. Entretanto, não seria sábio empenhar-se em polêmica sobre esta questão. ME2 279 2 Os facultativos são muito zelosos em usar suas perigosas misturas, e sou decididamente contrária a recorrer a essas coisas. Elas jamais curam; podem mudar o mal, para produzir outro pior. Muitos dos que praticam a prescrição de drogas, não as tomariam eles mesmos, nem as dariam aos filhos. Se eles têm um conhecimento inteligente do corpo humano, se compreendem o delicado e maravilhoso maquinismo humano, devem eles saber que somos feitos de modo terrível e maravilhoso, e que nem uma partícula dessas drogas fortes deve ser introduzida neste organismo humano vivo. ME2 280 1 Quando o assunto me foi apresentado, e a triste preocupação quanto ao resultado da medicação de drogas, foi-me dado o esclarecimento de que os adventistas do sétimo dia deviam fundar institutos de saúde que abandonassem todos esses inventos destruidores da saúde, e os médicos deviam tratar os doentes segundo os princípios da reforma de saúde. A grande preocupação devia ser conseguir enfermeiros bem educados, e bem educados médicos, para ensinarem "preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra: um pouco aqui, um pouco ali". Isaías 28:10. ME2 280 2 Educai o povo em hábitos corretos e práticas saudáveis, lembrados de que um grama de prevenção vale mais que um quilo de cura. Conferências e estudos neste ramo se demonstrarão do mais alto valor. -- Carta 17a, 1893. Outras declarações elucidativas ME2 280 3 Deixam atrás de si influências maléficas? -- Nada deve ser levado ao organismo humano que deixe atrás de si influência malévola. -- Medicina e Salvação, 228; Manuscrito 162, "Como Dirigir Sanatórios", 1897. ME2 280 4 Os remédios mais simples podem ajudar a natureza, sem deixar após seu uso nenhuma influência daninha. -- Carta 82, 1897. (Ao Dr. J. H. Kellogg). ME2 280 5 Substâncias que intoxicam o sangue -- Em nossos sanatórios, preconizamos o uso de remédios simples. Desaconselhamos o uso de drogas, pois intoxicam a corrente sanguínea. Nessas instituições deve ser dada instrução judiciosa sobre como comer, como beber, como vestir-se e como viver de modo que seja preservada a saúde. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 303. ME2 280 6 Não tenteis ajustar a desordem ajuntando uma carga de medicamentos venenosos. -- A Ciência do Bom Viver, 235 (1905). ME2 280 7 Toda droga perniciosa -- Toda droga perniciosa introduzida no estômago humano, quer por prescrição médica, quer por iniciativa própria, fazendo violência ao organismo humano, prejudica toda a maquinaria. -- Manuscrito 3, 1897. ME2 281 1 Derriba forças vitais -- As drogas têm sempre a tendência de debilitar e destruir as forças vitais. -- Medicina e Salvação, 223; (Manuscrito Geral intitulado "Sanatório", 1887.) ME2 281 2 Composições tóxicas que deixam efeitos daninhos -- Os servos de Deus não devem ministrar remédios que eles sabem hão de deixar após si efeitos daninhos ao organismo, mesmo que aliviem momentaneamente o sofrimento. Toda composição tóxica dos reinos vegetal e mineral, introduzida no organismo, deixará sua influência infeliz, afetando o fígado e os pulmões, e pondo em perigo o organismo em geral. -- Spiritual Gifts 4:140 (1864). ME2 281 3 Efeitos posteriores mortíferos de drogas tóxicas -- Os remédios simples da Natureza ajudam na restauração, sem deixar os mortíferos efeitos posteriores, tantas vezes sentidos pelos que usam drogas tóxicas. Destroem o poder do paciente, de se ajudar a si mesmo. Este poder os pacientes devem ser ensinados a exercitar aprendendo a comer alimentos simples, saudáveis, recusando-se a sobrecarregar o estômago com muita variedade de pratos na mesma refeição. Todas estas coisas devem fazer parte da educação dos doentes. Devem ser feitas palestras, mostrando como preservar a saúde, como evitar as doenças, como repousar quando o repouso é necessário. -- Carta 82, 1908. (Aos médicos e gerente de Loma Linda). Conselhos sobre a ministração de drogas ME2 281 4 Raramente necessárias -- usá-las cada vez menos -- A medicação de drogas, tal como é geralmente praticada, é uma calamidade. Educai em direção oposta às drogas. Usai-as cada vez menos, e confiai mais em agentes higiênicos; então a Natureza corresponderá aos médicos de Deus -- ar puro, pura água, exercício apropriado, uma consciência limpa. Os que persistem no uso do chá, café e alimentos cárneos sentirão necessidade de drogas, mas muitos se poderiam recuperar sem uma gota de remédio se obedecessem às leis da saúde. As drogas raramente necessitam ser empregadas. -- Conselhos Sobre Saúde, 261 (1890). ME2 282 1 Procurar diminuir o seu uso -- Em sua prática, devem os médicos procurar diminuir mais e mais o uso de drogas, em vez de aumentá-lo. Quando a Dra. A veio ao Retiro da Saúde, ela pôs de lado seu conhecimento e prática da reforma de saúde, e ministrou, para quase todas as doenças, as pequenas doses homeopáticas. Isto foi contrário ao esclarecimento dado por Deus. Assim nosso povo, que fora ensinado a evitar as drogas em quase todas as formas, recebeu uma educação diferente. -- Carta 26a, 1889. (A uma médica preeminente na obra institucional). ME2 282 2 Não precisam ser usadas drogas fortes -- Educar os enfermos e sofredores no modo correto de vida a fim de evitar enfermidades, eis quais deviam ser as primeiras atividades de um médico. O maior bem pode ser feito por nosso esforço de iluminar as mentes de todos com quem pudermos entrar em contato, quanto ao melhor comportamento que devem adotar a fim de evitar enfermidades e sofrimento, o alquebramento físico e morte prematura. Mas os que não se incomodam em assumir trabalho que lhes sobrecarrega as faculdades físicas e mentais, estarão prontos a receitar drogas, as quais lançam no organismo humano o fundamento para um mal duplamente maior do que aquele que declaram ter aliviado. ME2 282 3 O médico que tem a coragem moral de pôr em perigo a sua reputação esclarecendo o entendimento mediante fatos claros, mostrando a natureza da enfermidade e como evitá-la, e a perigosa prática de recorrer a drogas, terá um caminho árduo, mas viverá, e deixará viver. ... Se reformador, ele falará claramente com respeito aos falsos apetites, e ruinosas condescendências, tanto no vestir, como no comer e no beber, no desgaste para fazer uma grande quantidade de trabalho dentro de um prazo determinado, o que tem influência ruinosa sobre o temperamento, sobre as faculdades físicas e mentais. ... ME2 283 1 Hábitos direitos, corretos, praticados inteligente e perseverantemente, serão removedores de causas de enfermidades, não se necessitando recorrer a drogas fortes. Muitos prosseguem de um passo a outro com suas condescendências não naturais, o que conduz a um estado de coisas tão antinaturais quanto possível. -- Medicina e Salvação, 221, 222; (Manuscrito Geral, intitulado "Sanatórios", 1887.) ME2 283 2 Como é praticada em geral -- A medicação de drogas, como é em geral praticada, é um malefício. -- Healthful Living, 246 (1888). ME2 283 3 Menos perigosas, quando ministradas com prudência -- Não ministreis drogas. Certo, as drogas podem não ser tão perigosas como em geral são, se forem ministradas prudentemente, mas nas mãos de muitos elas são danosas à propriedade do Senhor. -- Carta 3, 1884. (Aos obreiros do Sanatório de Santa Helena). ME2 283 4 Abandonar quase inteiramente -- Nossas instituições são estabelecidas para que os doentes sejam tratados por métodos naturais, rejeitando quase inteiramente o uso de drogas. ... Terrível prestação de contas a Deus haverá para os homens que tão pouca consideração têm para com a vida humana, que tratam o corpo tão desapiedadamente ministrando-lhe suas drogas. ... Não somos escusáveis se por ignorância destruirmos o edifício de Deus por ingerir drogas venenosas sob variedade de nomes que não compreendemos. É nosso dever recusar tais prescrições. ME2 283 5 Desejamos construir um sanatório em que se curem as moléstias pelas providências da própria Natureza, e onde o povo seja ensinado na maneira de se tratarem a si mesmos quando doentes; onde aprendam a comer com temperança das comidas saudáveis, e sejam educados a recusar todos os narcóticos -- chá, café, vinhos fermentados, e estimulantes de toda espécie -- e a rejeitar carne de cadáveres de animais. -- Temperança, 88, 89; (Manuscrito 44, 1896.) ME2 283 6 O ideal -- deixar afinal de ministrar drogas -- Quando compreenderdes a filosofia em seu mais verdadeiro sentido, vossas receitas de drogas serão muito menores, e finalmente deixareis por completo de distribuir drogas. O médico que pratica a medicação por drogas, mostra que não compreende a delicada maquinaria do organismo humano. Está introduzindo no organismo uma semente que jamais perderá suas propriedades destruidoras, ao longo de toda a vida. Digo-vos isto porque não me atrevo a calar-me. Cristo pagou muitíssimo pela redenção do homem para que o corpo deste seja assim tão cruelmente tratado como tem sido pela medicação com drogas. ME2 284 1 Anos atrás o Senhor me revelou que se devem estabelecer instituições para tratamento de doentes, sem drogas. O homem é propriedade de Deus, e a ruína a que se tem votado a habitação viva, os sofrimentos causados pelas sementes da morte disseminadas no organismo humano, são uma ofensa a Deus. -- Medicina e Salvação, 229; (A um médico dirigente e sua esposa.) A presença divina na sala de operações ME2 284 2 Cristo na sala de operações -- Antes de efetuar uma operação melindrosa, peça o cirurgião o auxílio do Grande Médico. Assegure ao paciente que Deus o pode fazer passar a salvo pelo transe, que em todos os tempos de aflição é Ele um seguro refúgio para os que nEle confiam. -- A Ciência do Bom Viver, 118 (1905). ME2 284 3 O Salvador está presente no quarto do enfermo, na sala de operações; e Seu poder, para glória de Seu nome, realiza grandes coisas. -- Manuscrito 159, 1899. (Manuscrito "The Privileges and Duties of a Christian Physician"). ME2 284 4 A cirurgia não é negação da fé -- É privilégio nosso usar todos os meios designados por Deus, em correspondência com a nossa fé, e então confiar em Deus, quando pleiteamos a promessa. Se houver necessidade de uma intervenção cirúrgica, e o médico estiver disposto a encarregar-se do caso, não é negação da fé submeter-se à operação. Depois de haver o paciente entregue sua vontade à vontade de Deus, confie ele, aproximando-se do Grande Médico, o Poderoso Restaurador, e entregando-se em perfeita confiança. O Senhor honrará sua fé justamente do modo que Ele vê ser para glória de Seu nome. "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti. Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna." Isaías 26:3, 4. -- Manuscrito 67, 1899. ME2 285 1 Jesus guiou vossas mãos -- Quem esteve ao vosso lado, ao efetuardes essas operações melindrosas? Quem vos manteve calmo e dominado na crise, dando-vos discernimento rápido e perspicaz, vista clara, nervos estáveis e habilidosa precisão? O Senhor Jesus enviou Seu anjo para o vosso lado, para vos dizer que fazer. Colocou-se uma mão sobre a vossa mão. Jesus, e não vós, guiou os movimentos de vosso instrumento. Por vezes reconhecestes isso, e sobreveio-vos uma admirável calma. Não vos atrevíeis a apressar-vos, e todavia trabalháveis com rapidez, sabendo que não havia um momento a perder. O Senhor vos abençoou grandemente. -- Testimonies for the Church 8:187, 188; (Ao diretor clínico do Sanatório de Battle Creek, 1899). ME2 285 2 Ao erguerdes a vista a Deus, em vossas operações melindrosas, anjos divinos se postavam ao vosso lado, e suas mãos eram vistas como vossa mão, a executar o trabalho com uma exatidão que surpreendia os presentes. -- Carta 73, 1899. (Ao médico citado no parágrafo anterior). ME2 285 3 O observador divino ao lado do médico -- Cristo é o maior médico-missionário que já viveu. Nunca perdeu um caso. Ele sabe como dar força e orientação aos médicos desta instituição. Ele está ao seu lado, quando fazem suas difíceis intervenções cirúrgicas. Sabemos que isto é assim. Ele salvou vidas que se teriam perdido se o bisturi se tivesse desviado um quase nada. Anjos de Deus estão constantemente ajudando aqueles pelos quais Cristo deu a vida. ME2 285 4 Deus concede aos médicos desta instituição habilidade e eficiência porque eles O estão servindo. Sabem eles que a habilidade não é sua própria, que ela vem de cima. Reconhecem que está ao seu lado um divino Vigia, que concede sabedoria aos Seus médicos, habilitando-os a agir inteligentemente em sua obra. -- Manuscrito 28, 1901. (Palavras dirigidas aos obreiros do Sanatório de Santa Helena). ------------------------Capítulo 29 -- O uso de remédios Para aliviar a dor e restaurar a saúde ME2 286 1 Empregar todos os recursos -- Não é negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a Natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé [para o doente que pede orações em seu favor] cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todos os recursos para a restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais. -- A Ciência do Bom Viver, 231, 232 (1905). ME2 286 2 Usar os meios ao nosso alcance -- A idéia que tendes, de que não se deveriam usar remédios para os doentes, é erro. Deus não cura os doentes sem o concurso dos meios de cura que estão ao alcance dos homens, ou quando os homens se recusam a ser beneficiados pelos remédios simples que Deus proveu no ar e na água puros. ME2 286 3 Houve médicos nos dias de Cristo e dos apóstolos. Lucas é chamado o médico amado. Confiou no Senhor quanto a tornar-se hábil na aplicação de remédios. ME2 286 4 Quando o Senhor disse a Ezequias que lhe pouparia a vida por quinze anos, e como sinal de que cumpriria Sua promessa, fez que o Sol voltasse atrás dez graus, por que não aplicou ao rei Seu direto poder restaurador? Disse-lhe que pusesse uma pasta de figos sobre a úlcera, e esse remédio natural, abençoado por Deus, o curou. O Deus da Natureza ainda hoje dirige o instrumento humano no uso de remédios naturais. ME2 287 1 Eu poderia prosseguir indefinidamente, discorrendo sobre este assunto, meu irmão, mas deixo-o agora, citando alguns exemplos. [Segue-se a referência a dois casos de uso de carvão de lenha. Ver capítulo 30.] ME2 287 2 Todas estas coisas nos ensinam que devemos ser muito cuidadosos para não acolhermos idéias e impressões radicais. Vossas idéias acerca da medicação por drogas, devo respeitar; mas mesmo nisso deveis nem sempre revelar aos pacientes que desprezais inteiramente as drogas, até que eles compreendam bem o assunto. Muitas vezes assumis atitudes em que prejudicais vossa influência e a ninguém fazeis bem algum, expressando todas as vossas convicções. Deste modo vos separais do povo. Deveis modificar vossos fortes preconceitos. -- Carta 182, 1899. (A um obreiro num campo além-mar). ME2 287 3 Remédios de Deus -- Existem muitos meios de praticar a arte de curar, mas só existe um meio que o Céu aprova. Os remédios de Deus são os simples agentes da Natureza que não sobrecarreguem nem debilitem o organismo por causa de suas propriedades enérgicas. O ar e a água puros, o asseio, o regime alimentar apropriado, a pureza de vida, e a firme confiança em Deus são remédios por cuja falta milhares estão a perecer; entretanto esses remédios estão caindo de moda porque seu emprego inteligente requer trabalho que o povo não aprecia. O ar puro, exercício, água pura e ambientes limpos e aprazíveis estão ao alcance de todos, com pequena despesa; mas as drogas são caras, tanto pelo desembolso de meios como pelos efeitos produzidos no organismo. -- Testimonies for the Church 5:443 (1885). ME2 287 4 Usai os remédios mais simples -- A Natureza necessitará de alguma assistência para pôr as coisas em seu devido lugar, e esta assistência pode encontrar-se nos remédios mais simples, especialmente aqueles que a própria Natureza provê: ar puro, e com o precioso conhecimento de como respirar; água pura, com o conhecimento de como aplicá-la; abundância de luz solar em cada cômodo da casa, se possível, e com o conhecimento inteligente de que vantagens se podem tirar de seu uso. Todos esses são poderosos em sua eficiência, e os pacientes que tiverem o conhecimento de como comer e vestir-se de modo saudável, podem viver para o conforto, a paz e a saúde, e não serão induzidos a pôr em seus lábios drogas que, em lugar de ajudar a Natureza, paralisa suas faculdades. Se os enfermos e sofredores fizerem apenas o melhor que sabem com relação a viver os princípios da reforma de saúde perseverantemente, em nove casos de cada dez ficarão livres de seus males. -- Medicina e Salvação, 223, 224; Manuscrito 22, 1887. Remédios do mundo natural ME2 288 1 Tratamentos d'água e ervas comuns -- O Senhor ensinou-nos que há grande eficácia de cura no apropriado uso da água. Esses tratamentos devem ser dados inteligentemente. Fomos instruídos de que em nosso tratamento dos doentes devemos abandonar o uso de drogas. Há ervas comuns que podem ser usadas para restauração dos doentes, e cujo efeito sobre o organismo é muito diferente do efeito das drogas que intoxicam o sangue e põem em perigo a vida. -- Manuscrito 73, 1908. (Manuscrito intitulado "Conselhos Repetidos"). ME2 288 2 Remédios que limpam o organismo -- Cristo nunca plantou as sementes da morte no organismo. Satanás plantou essas sementes quando tentou Adão a comer da árvore do conhecimento, que implicava em desobediência a Deus. Nenhuma planta nociva foi colocada no grande jardim do Senhor, mas depois que Adão e Eva pecaram, nasceram ervas venenosas. Na parábola do semeador, foi feita ao dono da casa a pergunta: "Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?" O dono da casa respondeu: "Um inimigo fez isso." Mateus 13:27, 28. Todo joio é semeado pelo maligno. Toda erva nociva é de sua semeadura, e por seus métodos engenhosos de amálgama ele corrompeu a Terra com joio. ME2 289 1 Devem, pois, os médicos continuar a recorrer às drogas, que deixam um mortífero mal no organismo, destruindo a vida que Cristo veio restaurar? Os remédios de Cristo limpam o organismo. Satanás, porém, tentou o homem a introduzir no organismo aquilo que enfraquece a máquina humana, obstruindo e destruindo as delicadas e formosas disposições de Deus. As drogas ministradas aos doentes não restauram, mas destroem. As drogas não curam nunca. Em vez disso, colocam no organismo sementes que trazem colheita muito amarga. ... ME2 289 2 Nosso Salvador é o restaurador da imagem moral de Deus no homem. Ele supriu, no mundo natural, remédios para os males humanos, para que Seus seguidores tenham vida, e a tenham com abundância. Podemos com segurança abandonar as misturas que o homem tem usado no passado. ME2 289 3 O Senhor proveu antídotos para as doenças, em plantas comuns, e essas podem ser usadas pela fé, sem que isso implique em negação da fé; pois usando as bênçãos providas por Deus para nosso benefício, cooperamos com Ele. Ele pode usar água e sol e as ervas que fez crescer, na cura de doenças acarretadas por indiscrição ou acidente. Não manifestamos falta de fé quando pedimos a Deus que abençoe Seus remédios. A fé verdadeira agradece a Deus o conhecimento acerca de como usar essas preciosas bênçãos de maneira que restaure o vigor físico e mental. ME2 289 4 O corpo deve ser cuidado com desvelo, e nisso o Senhor requer a cooperação do agente humano. Deve o homem tornar-se hábil quanto ao tratamento e uso do cérebro, dos ossos e músculos. A melhor experiência que podemos alcançar é conhecer-nos a nós mesmos. -- Manuscrito 65, 1899. (Manuscrito Geral). Todos devem por si mesmos saber o que fazer ME2 289 5 Vossa pergunta é: ... "Em casos urgentes, devemos chamar um médico do mundo, por estarem os médicos do sanatório todos tão ocupados que não têm tempo para dedicar a trabalho fora?" ... Se os médicos estão tão ocupados que não podem tratar os doentes de fora da instituição, não seria então mais prudente que todos se instruíssem quanto ao uso de remédios simples, em vez de aventurar-se a usar drogas às quais se dá um nome longo, para ocultar suas qualidades reais? Por que deveria qualquer um ignorar os remédios de Deus: fomentações com água quente e compressas frias e quentes? É importante tornar-se familiarizado com o benefício da dieta em caso de doença. Todos devem compreender o que fazer por si mesmos. Podem recorrer a alguém que entenda do cuidado aos doentes, mas cada qual deve ter um conhecimento inteligente da casa em que vive. Todos devem compreender o que fazer em caso de doença. ME2 290 1 Se eu estivesse doente, chamaria tão depressa um advogado como um médico dentre os praticantes da medicina. Não tocaria em seus remédios, aos quais dão nomes latinos. Estou resolvida a saber, em inglês claro, o nome de tudo que introduzo em meu organismo. ME2 290 2 Os que fazem de tomar drogas um hábito, pecam contra sua inteligência e põem em perigo toda a sua vida posterior. Existem ervas que são inofensivas, cujo uso remove muitos males aparentemente sérios. Mas se todos procurassem tornar-se entendidos em relação às necessidades do corpo, a doença seria rara em vez de comum. Um grama de prevenção vale por um quilo de cura. -- Manuscrito 86, 1897. (Manuscrito Geral, "Health Reform Principles", escrito de Cooranbong, Austrália). Remédios simples, no programa do sanatório ME2 291 1 Tenho recebido muitas instruções acerca da localização de sanatórios. Devem estar distantes alguns quilômetros das cidades grandes, e possuir terras junto deles. Devem ser cultivadas frutas e hortaliças, e os pacientes devem ser animados a fazer trabalho ao ar livre. Muitos que sofrem de doenças pulmonares poder-se-iam curar se vivessem em clima onde pudessem estar ao ar livre a maior parte do ano. Muitos que morreram de tuberculose poderiam ter vivido se tivessem respirado mais ar puro. O ar puro, fora de casa, é tão eficaz para curar como os remédios, e não deixa efeitos danosos. ... ME2 291 2 Teria sido melhor se, desde o princípio, todas as drogas tivessem sido excluídas de nossos sanatórios, fazendo-se uso dos remédios simples como a água pura, ar puro, sol e algumas das ervas comuns que crescem no campo. Estes elementos seriam justamente tão eficazes como as drogas, usadas sob nomes misteriosos, e preparadas pela ciência humana. E não deixariam efeitos danosos no organismo. ME2 291 3 Milhares que são afligidos pela doença poderiam recobrar a saúde se, em vez de confiar nas drogarias quanto a sua vida, abolissem todas as drogas, e vivessem com simplicidade, sem usar chá, café, alcoólicos ou especiarias, que irritam o estômago e o deixam débil, incapaz de digerir mesmo alimento simples sem ser estimulado. O Senhor está disposto a fazer Sua luz brilhar em raios claros e distintos a todos os que estão fracos e debilitados. -- Manuscrito 115, 1903. (Manuscrito Geral acerca da obra dos sanatórios). ------------------------Capítulo 30 -- Uso de remédios por Ellen G. White ME2 292 1 [Ellen G. White refere-se repetidamente a remédios simples. Diz-nos ela especificamente o que quer dizer quando assim fala, citando o ar puro, o sol, a abstinência, repouso, exercício, regime alimentar adequado, o uso de água, e confiança no poder divino. Ver págs. 287-291 e A Ciência do Bom Viver, 127. Além disso a Sr. White, em algumas ocasiões, em sua correspondência pessoal, fez referência a certas medicações simples que ela conhecia e usava; e esses remédios eram geralmente mencionados uma só vez. Refere-se também, em sua correspondência, a algumas raras situações de emergência que a levaram a empregar remédios que não usaria senão numa crise. ME2 292 2 Na estimação dessas referências a certas medicações, convém que o leitor observe quatro pontos: ME2 292 3 1. As páginas seguintes relacionam as significativas declarações nas quais a Sr. White menciona medicações específicas e simples, na medida em que essas declarações eram conhecidas na ocasião de ser feita esta compilação. ME2 292 4 2. Poucas páginas são necessárias para imprimir essas declarações, apenas onze páginas, ao passo que mais de 2.000 páginas se dedicam à compreensiva apresentação dos conselhos sobre saúde encontrados nos livros de E. G. White. ME2 292 5 3. Por cinqüenta anos a Sr. White escreveu extensamente, para publicação, sobre o assunto da saúde e do cuidado dos doentes. Mas é fato interessante e significativo que, exceto a breve menção da "pasta de figos" para a úlcera de Ezequias, e uma ligeira alusão ao uso ineficaz de "ervas comuns" na doença de um de seus filhos (ver Spiritual Gifts 2:104), ela não fez referência ao uso medicinal de ervas ou a outras medicações específicas simples em qualquer de suas declarações publicadas. Este fato, para dizer o mínimo, não justifica a conclusão de que o uso de ervas seja de suma importância em todo o programa sanitário que ela expôs tão cabalmente. ME2 293 1 4. A Sr. White em parte alguma declara, ao considerar essas medicações simples, que não se encontrassem, mais tarde, outras medicações mais eficazes. ME2 293 2 Em virtude de impressões mantidas por alguns, de que os escritos da Sr. White não só endossam as ervas mas as apresentam como o meio principal no trato das doenças, e de que há grande abundância de matéria inédita sobre este ponto, os Depositários White crêem que o entendimento dos adventistas do sétimo dia será ajudado, e o registro mantido limpo mediante a publicação das declarações seguintes. Com toda a retidão, não deve o leitor atribuir a essas declarações significado maior do que o fez a autora, que, em suas obras publicadas, expôs ao público em geral os amplos princípios que devem ser seguidos no tratamento dos doentes. -- Compiladores] Não posso testificar em seu favor ME2 293 3 Depois de ver tanto dano causado pela ministração de drogas, não as posso usar, nem posso testificar em seu favor. Tenho de ser fiel à luz que me foi proporcionada pelo Senhor. ME2 293 4 O tratamento que ministrávamos quando se fundou o sanatório, exigia trabalho sério para combater a doença. Não usávamos preparados de drogas; seguíamos métodos naturais. Essa obra foi abençoada por Deus. Foi um trabalho em que o instrumento humano pôde cooperar com Deus na salvação de vidas. Não deve ser introduzida no organismo humano coisa alguma que deixe atrás de si um efeito danoso. E seguir os esclarecimentos dados sobre este assunto, praticar o tratamento natural, e educar em rumos completamente diversos quanto ao tratamento dos doentes -- esta foi a razão que me foi dada, pela qual devíamos fundar sanatórios em várias localidades. ME2 293 5 Era-me penoso ver que muitos estudantes eram animados a ir _____ para instruir-se no uso de drogas. O esclarecimento que recebi dava uma idéia completamente diferente quanto ao uso de drogas, do que o que se está fazendo em _____ ou no sanatório. Temos de tornar-nos esclarecidos nestes assuntos. Os nomes intrincados dados aos remédios são usados para encobrir o fato, de modo que ninguém saiba o que lhe é dado como remédio, a menos que consiga um dicionário e veja o sentido desses nomes. ME2 294 1 O Senhor deu algumas ervas simples, do campo, que por vezes são benéficas; e se todas as famílias fossem instruídas na maneira de usar essas ervas em caso de doença, muito sofrimento poderia ser evitado, e não se precisaria chamar médico nenhum. Essas ervas de uso antigo e singelas, usadas inteligentemente, teriam restaurado muito doente que morreu sob a medicação de drogas. ME2 294 2 Um dos remédios mais benéficos é o carvão de lenha em pó, posto numa bolsa e usado em fomentações. É este um dos remédios mais eficazes. Se se molhar em fervura de pimenta d'água [persicária mordaz] será melhor ainda. Tenho recomendado isto em casos em que o doente sofria grandes dores, e quando o médico me confiou julgar ser esse o último recurso antes de morrer o paciente. Então sugeri o carvão, o doente dormiu, veio a crise, e a restauração foi o resultado. A estudantes, quando feriam as mãos e sofriam de inflamação, tenho prescrito este remédio simples, com êxito completo. Vencia-se o tóxico da inflamação, passava a dor, e vinha rapidamente a cura. A mais penosa inflamação dos olhos será aliviada por uma cataplasma de carvão, colocada numa bolsa [de pano], e mergulhada em água fria ou quente, conforme melhor se adapte ao caso. Isto opera como um encanto. ME2 294 3 Sem dúvida isto vos fará rir; mas se eu pudesse dar a este remédio algum nome estrangeiro que ninguém conhecesse além de mim, teria maior influência. ... Mas os remédios mais simples podem ajudar a Natureza, sem deixar efeitos danosos após seu uso. -- Carta 82, 1897. (Ao Dr. J. H. Kellogg). Quando lhe pediam conselho, recomendava remédios simples ME2 295 1 Há muitas ervas comuns que, se nossos enfermeiros soubessem o seu valor, poderiam usar em lugar de drogas, e constatariam serem muito eficazes. Muitas vezes me têm vindo pedir conselho quanto ao que fazer em casos de doença ou acidente, e tenho mencionado alguns desses remédios simples, e têm-se demonstrado proveitosos. ME2 295 2 Certa ocasião veio ter comigo um médico, muito aflito. Fora chamado para ver uma jovem muito doente. Contraíra febre quando se achava nos campos vizinhos à nossa escola e fora levada para o edifício escolar, perto de Melbourne, Austrália. Mas piorou tanto que se temia não sobreviver. O médico, Dr. Merritt Kellogg, veio ter comigo e disse: "Irmã White, tem a senhora qualquer esclarecimento para mim, neste caso? Se não pudermos dar alívio a nossa irmã, ela viverá apenas mais algumas horas." Respondi: "Mande buscar, numa oficina de ferreiro, um pouco de carvão em pó; faça disso um emplastro e coloque sobre o estômago e os lados." O médico apressou-se em seguir minhas instruções. Logo voltou, dizendo: "Veio o alívio em menos de meia hora depois da aplicação dos emplastros. Ela está agora passando pelo primeiro sono, desde alguns dias." ME2 295 3 Tenho recomendado o mesmo tratamento para outros que sofriam grande dor, e tem trazido alívio e sido o meio de salvar a vida. Minha mãe me contara que picadas de cobra e a mordedura de répteis e insetos venenosos podiam muitas vezes ser neutralizadas pelo uso de emplastros de carvão. Quando trabalhavam na terra, em Avondale, Austrália, os trabalhadores muitas vezes machucavam as mãos e as pernas, o que em muitos casos resultou em tão severa inflamação que o trabalhador tinha que deixar o trabalho por algum tempo. Um dia um deles veio ter comigo nessas condições, com a mão numa tipóia. Estava muito preocupado com seu estado, pois seu auxílio era necessário para limpar o terreno. Eu lhe disse: "Vá ao lugar onde esteve queimando o mato, e traga-me um pouco do carvão dos eucaliptos, pulverize-o, e eu farei uma atadura em sua mão." Isto foi feito e na manhã seguinte ele disse que a dor se fora. Logo pôde voltar para o trabalho. ME2 296 1 Escrevo estas coisas para que saibais que o Senhor não nos deixou sem o uso de remédios simples que, usados, não deixarão o organismo nas condições de fraqueza em que o uso de drogas tantas vezes o deixa. Precisamos de enfermeiros bem preparados, que compreendam como usar os remédios simples que a Natureza provê para a restauração da saúde, e que possam ensinar aos que desconhecem as leis da saúde, essas maneiras de curar simples mas eficazes. ME2 296 2 Aquele que criou os homens e as mulheres tem interesse nos que sofrem. Ele guiou no estabelecimento de nossos sanatórios e na construção de escolas perto de nossos sanatórios, para que se tornem meios eficientes no preparo de homens e mulheres para a obra de servir a humanidade sofredora. No tratamento dos doentes, não precisam ser usadas drogas tóxicas. Álcool e fumo, sob qualquer forma, não devem ser recomendados, não se dê o caso de ser alguma alma levada a contrair o gosto dessas coisas maléficas. -- Carta 90, 1908. (A J. A. Burden e outros que arcavam com responsabilidades em Loma Linda). Remédios simples e seguros ME2 296 3 Com respeito ao que podemos fazer por nós mesmos, há um ponto que requer cuidadosa e atenta consideração. Tenho que me tornar conhecida a mim mesma, tenho que ser sempre uma discípula quanto ao cuidado deste edifício, o corpo que Deus me deu, a fim de que o possa preservar na melhor das condições de saúde. Devo comer aquilo que seja de fato o melhor para mim fisicamente, e devo ter cuidado especial para que meu vestuário seja de molde a facultar uma sadia circulação do sangue. Não devo privar-me de exercício e ar. Devo receber todo o sol que me seja possível obter. ME2 296 4 Cumpre-me ter sabedoria para ser fiel guarda de meu corpo. Eu faria uma coisa muito imprudente se entrasse num aposento frio quando estivesse perspirando; demonstrar-me-ia mordoma infiel se me permitisse sentar numa corrente de ar, expondo-me assim a apanhar um resfriado. Imprudente seria se me deixasse ficar sentada com pés e pernas frios, impelindo assim o sangue das extremidades para o cérebro ou os órgãos internos. Devo sempre proteger os pés, quando o tempo está úmido. ME2 297 1 Devo comer regularmente, do alimento mais saudável, que produza a melhor qualidade de sangue, e não devo trabalhar intemperantemente, se está em meu poder evitar de fazê-lo. ME2 297 2 E quando transgrido as leis que Deus estabeleceu em meu ser, devo arrepender-me e reformar-me, colocando-me na mais favorável condição, sob os cuidados dos médicos que Deus proveu: ar puro, água pura, e o restaurador e precioso sol. ME2 297 3 A água pode ser usada de muitas maneiras para aliviar o sofrimento. Goles de água pura, quente, tomados antes da refeição (quase meio litro, mais ou menos), nunca fará mal algum, mas sim, fará bem. ME2 297 4 Uma xícara de chá de gatária (erva-dos-gatos) acalmará os nervos. ME2 297 5 Chá de lúpulo favorece o sono. Emplastro de lúpulo sobre o estômago alivia a dor. ME2 297 6 Se a vista está fraca, se há dor nos olhos, ou inflamação, pedaços de flanela macia molhados em água quente com sal, trarão alívio rápido. ME2 297 7 Quando a cabeça está congestionada, se os pés e pernas são banhados em água com um pouco de mostarda, sentir-se-á alívio. ME2 297 8 Há muitos outros remédios simples que farão muito para restaurar a ação saudável do corpo. Todas essas preparações simples, o Senhor espera que usemos por nós mesmos, mas as perplexidades do homem são as oportunidades de Deus. Se negligenciarmos fazer aquilo que está ao alcance de quase todas as famílias, e pedirmos ao Senhor que alivie a dor quando somos indolentes demais para fazer uso desses remédios ao nosso alcance, isto é simples presunção. O Senhor espera de nós que trabalhemos para obter alimento. Não é desígnio Seu que recolhamos a colheita a menos que aremos a terra, destorroemo-la e a cultivemos. Então Deus envia a chuva e o sol e as nuvens para fazer com que a vegetação medre. Deus opera e o homem coopera com Deus. Então há sementeira e colheita. ME2 298 1 Deus fez que da terra germinassem ervas para uso do homem, e se compreendêssemos a natureza dessas ervas e raízes, e delas fizéssemos uso devido, não haveria necessidade de recorrermos ao médico tão freqüentemente, e o povo estaria em muito melhores condições de saúde do que se encontra hoje. Eu tenho fé em invocar o Grande Médico, quando usamos os remédios que mencionei. -- Carta 35, 1890. (A um obreiro em campo estrangeiro). Conselho ao diretor clínico de um novo sanatório ME2 298 2 Fazei tudo que vos seja possível para aperfeiçoar a instituição, interna e externamente. Certificai-vos de que os arredores estejam na melhor ordem. Não deixeis ali coisa alguma que cause impressão desagradável no espírito dos pacientes. ME2 298 3 Animai os pacientes a viver saudavelmente e a fazer abundante exercício. Isto contribuirá muito para lhes restaurar a saúde. Coloquem-se bancos à sombra das árvores, para que os pacientes sejam animados a passar muito tempo ao ar livre. E deve ser provido um lugar, cercado com lona ou com vidro, onde, em tempo frio, os pacientes possam sentar-se ao sol sem sentir o vento. ... ME2 298 4 Ar puro e sol, espírito animoso dentro e fora da instituição, palavras agradáveis e atos bondosos -- esses são os remédios de que carecem os doentes, e Deus coroará de êxito vossos esforços por prover esses remédios aos doentes que vêm ao sanatório. Mediante a disposição feliz e animosa, e expressões de simpatia e esperança aos outros, vossa própria alma se encherá de luz e paz. E nunca vos esqueçais de que a influência benéfica da bênção de Deus, para nós é tudo. ME2 298 5 Ensinai aos enfermeiros e aos pacientes o valor desses elementos restauradores da saúde, que são liberalmente providos por Deus, e a utilidade de coisas simples, fáceis de obter. ME2 298 6 Dir-vos-ei algo de minha experiência com carvão de lenha como remédio. Para algumas formas de indigestão é mais eficaz do que as drogas. Um pouco de óleo de oliva em que se tenha misturado um pouco desse pó, tende a purificar e curar. Eu o acho excelente. Carvão de eucalipto, pulverizado, temos usado bastante em casos de inflamação. ... ME2 299 1 Estudai e ensinai sempre o uso dos remédios mais simples, e podeis esperar que a bênção especial do Senhor siga o emprego desses meios que estão ao alcance do povo comum. -- Carta 100, 1903. Outras experiências com carvão ME2 299 2 Restauração rápida -- Um irmão adoeceu com uma inflamação do intestino e disenteria sanguinolenta. Não seguia ele cuidadosamente a reforma pró-saúde; ao contrário, condescendia com o apetite. Estávamos preparando-nos para deixar o Texas, onde estivéramos trabalhando por vários meses, e preparamos a condução para levar esse irmão e a família, bem como vários outros que sofriam de febre intermitente. Meu marido e eu resolvemos incorrer nessa despesa, de preferência a que morressem vários chefes de família, deixando ao desamparo as esposas e filhos. ME2 299 3 Dois ou três foram levados numa grande carroça de molas, sobre colchões de molas. Mas aquele homem que sofria de inflamação intestinal, mandou pedir que eu fosse vê-lo. Meu marido e eu concluímos que não conviria levá-lo. Tivemos temor de que o processo da morte já se iniciara. Então, qual comunicação do Senhor, veio-me o pensamento de tomar carvão pulverizado, despejar água nele, e dar a beber essa água ao doente, colocando também compressas de carvão sobre o intestino e estômago. Estávamos a quilômetro e meio da cidade de Denison, mas o filho do doente foi à oficina de um ferreiro, arrumou o carvão e o moeu, usando-o então de acordo com as instruções dadas. O resultado foi que em meia hora houve mudança para melhor. Tivemos que começar a viagem e deixar a família atrás, mas qual não foi nossa surpresa quando, no dia seguinte, a carroça em que ia aquele doente nos alcançou. Estava ele deitado numa cama, na carroça. A bênção divina operara com o simples meio empregado. -- Carta 182, 1899. (A um obreiro de campo estrangeiro. Ver pág. 287). ME2 299 4 Carvão e linhaça -- Carecemos muito de um hospital. Na quinta-feira a irmã Sara McEnterfer foi chamada para ver se podia fazer alguma coisa pelo filhinho do irmão B, que tem dezoito meses de idade. Fazia vários dias que tinha uma inflamação dolorosa no joelho, que se supunha provir da picada de algum inseto venenoso. Colocou-se sobre a inflamação carvão pulverizado, de mistura com linhaça, e esse emplastro deu alívio imediato. A criança chorara de dor a noite toda, mas ao ser aplicado o emplastro, adormeceu. Hoje foi ela ver o menino duas vezes. Rasgou a inflamação em dois lugares, e supurou abundantemente grande quantidade de pus amarelo e sangue. A criança ficou aliviada de seu grande sofrimento. Damos graças ao Senhor por podermos tornar-nos hábeis no uso de coisas simples, ao nosso alcance, para aliviar a dor, e remover com êxito a sua causa. -- Manuscrito 68, 1899. Outros remédios mencionados ME2 300 1 Emplastro de figos para Ezequias -- Quando Ezequias adoeceu, o profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que havia de morrer. O rei clamou ao Senhor e o Senhor o ouviu, dando-lhe a promessa de que lhe seriam acrescentados à vida quinze anos. Uma palavra de Deus, um toque do dedo divino, teriam sido bastantes para curar Ezequias instantaneamente. Em vez disso, porém, foi-lhe mandado fazer um emplastro de figos e colocá-lo sobre a parte afetada. Isso foi feito, e restaurou-se a saúde de Ezequias. Bem conviria acatar, mais do que o fazemos, esta prescrição que o Senhor ordenou fosse usada. -- Manuscrito 29, 1911. (Manuscrito Geral). ME2 300 2 Valor do óleo de eucalipto -- Sinto muito saber que a irmã C não está bem de saúde. Não posso recomendar remédio melhor para a tosse do que eucalipto e mel. Num copo com mel ponde umas poucas gotas de óleo de eucalipto, mexei bem e tomai-o toda vez que venha a tosse. Tenho tido bastante incômodo com minha garganta, mas sempre que uso esse remédio, o mal passa bem depressa. Basta eu o usar umas poucas vezes, e a tosse se vai. Se quiserdes usar essa receita, podereis ser vosso próprio médico. Se a primeira experiência não efetuar a cura, tentai outra vez. A melhor ocasião de tomá-lo é antes de deitar. -- Carta 348, 1908. (A uma obreira). ME2 301 1 Já vos disse que remédio uso quando sofro de mal da garganta. Tomo um copo de mel fervido, e nele ponho algumas gotas de óleo de eucalipto, mexendo bem. Quando vem a tosse, tomo uma colher das de chá dessa mistura, e vem quase imediatamente o alívio. Sempre tenho usado isso, com o melhor dos resultados. Peço-vos que tomeis o mesmo remédio, quando molestada pela tosse. Esta receita pode parecer tão simples que não vos inspire confiança nela, mas tenho-a experimentado por vários anos e muito a posso recomendar. ME2 301 2 Também, tomai escalda-pés, tendo posto na água folhas de eucalipto. Há grande virtude nessas folhas, e se experimentardes isso, haveis de comprovar a veracidade de minhas palavras. O óleo de eucalipto é especialmente benéfico nos casos de tosse e dores no peito e nos pulmões. Quero que ponhais à prova esse remédio, tão simples, e que nada vos custa. -- Carta 20, 1909. (À obreira do item precedente). ME2 301 3 Árvores de propriedades medicinais -- O Senhor tem-me dado esclarecimento acerca de muitas coisas. Tem-me mostrado que nossos sanatórios devem ser construídos em terreno alto, para conseguir os melhores resultados, e que devem ser rodeados de extenso trato de terra, embelezado por flores e árvores ornamentais. ME2 301 4 Em certo lugar estavam-se fazendo preparativos para limpar o terreno para a construção de um sanatório. Foram instruídos de que há saúde no perfume dos pinheiros, dos cedros e dos abetos. E há várias outras espécies de árvores que têm propriedades medicinais e promovem a saúde. Não sejam essas árvores cortadas desapiedadamente. ... Deixai-as viver. -- Carta 95, 1902. (Aos obreiros do Sul). ME2 301 5 "Minha bebida de ervas." -- Não precisamos ir à China em busca de nosso chá, ou a Java em busca do café. Disseram alguns: "A irmã White usa chá, ela o guarda em casa"; e que ela lhes ofereceu o mesmo. Não disseram a verdade, pois não o uso, tampouco o guardo em casa. Certa vez, na travessia do oceano, adoeci e nada pude reter no estômago, e tomei, como remédio, um pouco de chá fraco, mas não quero que ninguém torne a fazer a observação de que "a irmã White usa chá". Se vierdes a minha casa, mostrar-vos-ei a sacola que contém minha bebida herbácea. Mando vir do Michigan, através das montanhas, brotos de trevo vermelho. Quanto ao café, nunca o pude beber, de sorte que os que disseram que a irmã White bebe café cometeram um erro. -- Manuscrito 3, 1888. (Sermão, Oakland, Califórnia). ME2 302 1 Flores de trevo -- primeira colheita -- Tenho um pedido a fazer. Não quererão essas crianças, por bondade, apanhar tanto trevo como apanharam no ano passado, ou mesmo mais? Se isso fizerem, prestar-me-ão um grande favor. Não o posso fazer aqui. Não temos trevo em nosso terreno. A primeira colheita é preferível, mas se for tarde, convirá conseguir da segunda colheita. -- Carta 1, 1872. (A uma família do Michigan). ME2 302 2 Chá usado como remédio, mas não como bebida -- Não uso chá, nem verde nem preto. Nem uma colherada me passou pelos lábios, há muitos anos, exceto quando atravessei o oceano, e uma vez, desde que estou deste lado, tomei-o como remédio quando me achava doente e vomitava. Nessas circunstâncias pode demonstrar-se um alívio propício. ME2 302 3 Não usei chá quando estáveis conosco. Tenho sempre usado chá de trevo vermelho, como vos disse. Eu vos ofereci e disse que era uma bebida boa, simples e saudável. ... ME2 302 4 Há anos que não compro um centavo de chá. Conhecendo sua influência, não ouso usá-lo, exceto em casos de muito vomitar, quando o tomo como remédio, mas não como bebida. ... ME2 302 5 Eu não prego uma coisa e pratico outra diferente. Não apresento a meus ouvintes regras de vida, ao mesmo tempo fazendo de meu caso uma exceção. ME2 302 6 Não sou culpada de tomar qualquer chá exceto o de brotos de trevo vermelho, e se eu gostasse de vinho, chá e café, não usaria esses narcóticos destruidores da saúde, pois aprecio a saúde e aprecio o exemplo salutar, em todas as coisas. Quero ser aos outros um modelo de temperança e de boas obras. -- Carta 12, 1888. (A um ministro da Costa Ocidental). ME2 302 7 Café como remédio -- Quanto me lembre, de vinte anos para cá não tomei uma xícara de café genuíno, a não ser, como disse, em minha doença, quando, como remédio, tomei uma xícara de café, muito forte, de mistura com um ovo cru, batido. -- Carta 20, 1882. (A amigos). ME2 303 1 Suco de uva e ovos -- Fui instruída de que estais prejudicando vosso corpo mediante um regime de miséria. ... É a falta de alimento conveniente que vos tem feito sofrer tanto. Não tendes tomado o alimento necessário para nutrir vossas débeis forças físicas. Não deveis negar-vos o alimento bom e saudável. ... Obtende ovos, de galinhas sadias. Usai esses ovos cozidos ou crus. Ponde-os crus no melhor vinho sem fermento que possais obter. Isto vos suprirá ao organismo o que lhe é necessário. ... Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais para combater venenos. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 203, 204, (Ao Dr. D. H. Kress, 1901). Aprovados os procedimentos médicos progressistas ME2 303 2 Transfusões de sangue -- Há uma coisa que tem salvo vida: transfusão de sangue de uma pessoa para outra; mas isto ser-vos-á difícil, talvez impossível. Apenas o sugeri. -- Medicina e Salvação, 286, 287, (Ao Dr. D. H. Kress). ME2 303 3 Vacinação -- [Ver rodapé.] ME2 303 4 Tratamento de raios X em Loma Linda -- Por várias semanas me submeti a tratamentos de raios X, para a mancha escura que eu tinha na fronte. Tomei ao todo vinte e três aplicações, e elas conseguiram remover inteiramente a mancha. Por isso sou muito grata. -- Carta 30, 1911. (A seu filho T. E. White). ------------------------Capítulo 31 -- Experiências pessoais Experiência antiga no tratamento da pneumonia ME2 304 1 No inverno de 1864, meu filho Guilherme foi súbita e violentamente atacado de uma febre pulmonar. Acabávamos de sepultar nosso filho mais velho, sucumbido à mesma doença, e ficamos muito ansiosos quanto a Guilherme, temendo que também ele viesse a falecer. Resolvemos não chamar o médico, mas fazer o melhor possível com ele, por nós mesmos, mediante o emprego de água, e suplicar ao Senhor em favor da criança. Convidamos alguns, que tinham fé, para unirem as suas orações às nossas. Tivemos uma doce certeza da presença e bênção de Deus. ME2 304 2 No dia seguinte Guilherme estava muito mal. Delirava. Parecia não me ver nem ouvir quando eu lhe falava. O coração não tinha pulsação regular, estando numa constante e agitada flutuação. Continuamos a esperar em Deus, em seu favor, e usar bastante aplicação de água sobre a cabeça, mantendo constantemente uma compressa sobre os pulmões, e logo ele se apresentou lúcido como sempre. Sofria dor aguda do lado direito, não podendo, por um momento que fosse, ficar deitado desse lado. Essa dor nós afastamos com compressas de água fria, variando a temperatura da água de acordo com o grau da febre. Tivemos muito cuidado em conservar quentes as mãos e os pés. ME2 304 3 Esperávamos que a crise viesse no sétimo dia. Tivemos bem pouco repouso durante sua doença, e fomos forçados a confiá-lo aos cuidados de outros na quarta e quinta noites. Meu marido, e eu mesma, na quinta noite nos sentimos muito ansiosos. O menino vomitava sangue e tossia bastante. Meu marido passava muito tempo em oração. Deixamos a criança entregue a mãos cuidadosas naquela noite. Antes de recolher-se, meu marido orou longa e fervorosamente. Súbito o abandonou a preocupação quanto a orar, e pareceu-lhe que uma voz lhe falava, dizendo: "Vá deitar-se, Eu cuidarei da criança!" ME2 305 1 Eu me havia deitado doente, e não pude dormir por várias horas, tão ansiosa me sentia. Era-me difícil respirar. Embora dormisse num quarto espaçoso, levantei-me e abri a porta que dava para uma sala grande, e então me senti imediatamente aliviada e logo adormeci. Sonhei que estava junto a meu filho um médico experiente, vigiando cada respiração, tendo uma mão sobre o seu coração, e outra tomando o pulso. Volveu-se para nós e disse: "A crise passou. Ele venceu a pior noite. Agora vai melhorar rapidamente, pois não tem que se recuperar dos efeitos nocivos de drogas. A Natureza efetuou nobremente sua obra para livrar de impurezas o organismo." Referi-lhe meu estado de esgotamento, minha falta de ar, e o alívio obtido pelo abrir a porta. ME2 305 2 Disse ele: "Isso que vos deu alívio, aliviará também vosso filho. Ele precisa de ar. Vós o conservastes aquecido em demasia. O ar que vem de uma estufa é prejudicial, e não fosse o que penetra pelas frestas das janelas, aquele seria tóxico e destruiria a vida. O calor de uma estufa destrói a vitalidade do ar e enfraquece os pulmões. Os pulmões do menino foram enfraquecidos porque o quarto se manteve em temperatura muito elevada. A doença debilita as pessoas, e elas precisam todo o ar revigorador que podem suportar, para fortalecer os órgãos vitais a fim de que resistam à doença. E no entanto, na maioria dos casos o ar e a luz são excluídos do quarto do enfermo justamente na ocasião em que mais necessários são, como se fossem perigosos inimigos." ME2 305 3 Este sonho e a experiência de meu marido foram um consolo a ambos nós. Soubemos, de manhã, que nosso rapaz passara uma noite inquieta. Parecia estar com febre alta, até ao meio-dia. Então a febre o deixou, e apresentou-se perfeitamente bem, exceto a fraqueza. Nos cinco dias de doença comera apenas um pequeno biscoito. Recuperou-se depressa e passou a gozar de melhor saúde do que teve por vários anos. Este incidente nos é valioso. -- Spiritual Gifts, 4a:151-153 (1864). A cura de Tiago White ME2 306 1 Muitos anos há [1865], quando meu marido arcava com pesadas responsabilidades em Battle Creek, a sobrecarga começou a fazer notar seus efeitos. Sua saúde declinava rapidamente. Afinal sentiu-se esgotado mental e fisicamente, tornando-se incapaz de fazer o que quer que fosse. Diziam-me pessoas amigas: "Sra. White, seu marido não vai sarar." Resolvi transferi-lo para lugar mais favorável a sua restauração. Sua mãe dizia: "Ellen, você deve ficar em casa e cuidar da família." ME2 306 2 "Mamãe", respondi, "nunca permitirei que esse cérebro de mestre baqueie inteiramente. Cooperarei com Deus, e Deus cooperará comigo, para salvar o cérebro de meu marido." ME2 306 3 Para conseguir recursos para nossa viagem, tirei meus tapetes de tiras de pano e os vendi. ... Com o dinheiro apurado da venda dos tapetes, comprei uma carroça coberta e preparei-me para a viagem, colocando na carroça um colchão para Papai se deitar. Acompanhado de Guilherme, menino de onze anos apenas, empreendemos viagem para Wright, no Michigan. ME2 306 4 Durante a viagem, Guilherme procurou pôr o freio na boca de um dos cavalos, mas não o conseguiu. Eu disse a meu marido: "Ponha sua mão no meu ombro, e venha colocar o freio." ME2 306 5 Ele disse que achava não lhe ser possível. "Sim, você pode", respondi. "Levante-se e vamos!" Ele assim fez, e conseguiu pôr o freio. Então viu que o deveria fazer da próxima vez também. ME2 306 6 Eu conservava meu marido constantemente ocupado nessas coisinhas. Não lhe permitia ficar quieto, mas procurava mantê-lo ativo. Este é o plano que os médicos e auxiliares em nossos sanatórios deviam seguir. Dirijam os pacientes passo a passo, passo a passo, mantendo-lhes a mente tão ativamente ocupada que não tenham tempo para preocupar-se com seu estado. Aconselhada a atividade física e mental ME2 307 1 Muitas vezes vinham irmãos pedir-nos conselho. Meu marido não queria ver a ninguém. Ele preferia muito ir para outro aposento, quando chegavam visitas. Mas geralmente, antes que ele percebesse que havia chegado alguém, eu levava a visita à presença dele e dizia: "Marido, aqui está um irmão que veio para fazer uma pergunta, e como você lhe sabe responder melhor do que eu, eu o trouxe aqui." Naturalmente ele então não podia esquivar-se. Tinha que ficar no aposento e responder à pergunta. Desta maneira, e de muitas outras, eu o levei a exercitar a mente. Se ele não tivesse sido levado a usar a mente, dentro em pouco teria fracassado por completo. ME2 307 2 Todos os dias meu marido saía a dar um passeio a pé. No inverno veio uma terrível tempestade de neve, e Papai pensou que não poderia sair em meio à nevasca. Fui ter com o irmão Root e lhe disse: "Irmão Root, o senhor tem um par de botas disponíveis?" ME2 307 3 "Sim", respondeu ele. ME2 307 4 "Eu gostaria de tomá-las emprestadas esta manhã", volvi. Calçando as botas e pondo-me a caminho, percorri meio quilômetro em profunda neve. Ao voltar, pedi a meu marido que desse um passeio. Respondeu que não poderia sair, em semelhante tempo. "Oh! sim, você pode!" respondi. "Por certo você pode seguir meus rastos." Era ele um homem que tinha grande respeito às mulheres; e quando viu minhas pegadas, concluiu que, se uma mulher podia andar na neve, ele também poderia. Nessa manhã ele deu seu passeio costumeiro. ME2 307 5 Na primavera havia fruteiras a plantar e horta a fazer. "Guilherme", disse eu, "por favor vá comprar três enxadas e três ancinhos. Cuide em comprar três de cada." Quando mos trouxe, eu lhe disse que tomasse uma das enxadas, e Papai outra. Papai fez objeção, mas tomou uma delas. Pegando numa eu mesma, começamos o trabalho; e embora eu fizesse bolhas nas mãos, tomei-lhes a dianteira na capina. Papai não podia fazer muito, mas moveu-se. Foi por semelhantes métodos que procurei cooperar com Deus em restaurar a saúde a meu marido. E, oh! como o Senhor nos abençoou! ME2 307 6 Eu sempre levava comigo meu marido quando eu saía com a carroça. E levava-o comigo quando eu saía a pregar em qualquer lugar. Eu tinha um circuito costumeiro de reuniões. Não o conseguia persuadir a ir ao púlpito quando eu pregava. Afinal, depois de muitos, muitos meses, disse-lhe eu: "Agora, meu marido, hoje você vai ao púlpito." Não queria ir, mas não cedi. Levei-o à plataforma comigo. Nesse dia ele falou ao povo. Embora a sala de reuniões estivesse apinhada de descrentes, por meia honra não pude refrear as lágrimas. Meu coração transbordava de alegria e gratidão. Eu sabia que a vitória fora alcançada. Recompensado o esforço persistente ME2 308 1 Após dezoito meses de constante cooperação com Deus no empenho de restaurar a saúde a meu esposo, levei-o de novo para nosso lar. Apresentando-o a seus pais eu disse: "Pai, Mamãe, aqui está vosso filho!" ME2 308 2 "Ellen", disse sua mãe, "você não tem ninguém mais senão a Deus e a você mesma que agradecer esta maravilhosa restauração. Suas energias conseguiram isto." ME2 308 3 Após o restabelecimento, meu marido viveu vários anos, durante os quais realizou a melhor obra de sua vida. Porventura esses anos de utilidade que se acrescentaram, não me recompensaram multiplicadamente pelos dezoito meses de laborioso cuidado? ME2 308 4 Dei-vos este breve relato de experiência pessoal, para mostrar-vos que conheço algo acerca do emprego de meios naturais para restauração de doentes. Deus operará maravilhas para cada um de nós, se trabalharmos com fé, agindo de acordo com o que cremos, isto é, de que quando cooperamos com Ele, está pronto a fazer Sua parte. Desejo fazer tudo que possa para levar meus irmãos a seguir um procedimento sensato, a fim de que seus esforços tenham o máximo de êxito. Muitos que desceram à sepultura poderiam estar vivos hoje, se tivessem cooperado com Deus. Sejamos homens e mulheres sensatos com respeito a esses assuntos. -- Manuscrito 50, 1902. ------------------------Capítulo 32 -- Posição apropriada na oração ME2 311 1 Tenho recebido cartas perguntando-me sobre a posição que deve ser assumida pela pessoa ao fazer oração ao Soberano do Universo. Onde obtiveram nossos irmãos a idéia de que deviam ficar em pé quando oram a Deus? Alguém que por cerca de cinco anos se educou em Battle Creek foi solicitado a fazer a oração antes que a irmã White falasse ao povo. Mas quando o vi pôr-se em pé enquanto os lábios se iam abrir em oração a Deus, minha alma foi levada no íntimo a dar-lhe uma repreensão pública. Chamando-o por nome, disse-lhe: "Prostre-se de joelhos!" Esta é sempre a posição apropriada. ME2 311 2 "E apartou-Se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-Se de joelhos, orava." Lucas 22:41. ME2 311 3 "Mas Pedro fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou, e voltando-se para o corpo disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e vendo a Pedro, assentou-se." Atos dos Apóstolos 9:40. ME2 311 4 "E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu." Atos dos Apóstolos 7:59, 60. ME2 312 1 "E, havendo dito isto pôs-se de joelhos, e orou com todos eles." Atos dos Apóstolos 20:36. ME2 312 2 "E, havendo passado ali aqueles dias, saímos e seguimos nosso caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos, até fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, oramos." Atos dos Apóstolos 21:5. ME2 312 3 "E perto do sacrifício da tarde me levantei na minha aflição, havendo já rasgado o meu vestido e o meu manto, e me pus de joelhos, e estendi as minhas mãos para o Senhor meu Deus, e disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a Ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus." Esdras 9:5, 6. ME2 312 4 "Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou." Salmos 95:6. ME2 312 5 "Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." Efésios 3:14. E todo este capítulo, se o coração for receptivo, será uma lição preciosa como a que mais o seja. ME2 312 6 Quando em oração a Deus a posição indicada é prostrado de joelhos. Este ato de culto foi exigido dos três hebreus cativos na Babilônia. ... Mas tal ato era preito que só devia ser prestado a Deus -- o Soberano do mundo, o Dominador do Universo; e esses três hebreus recusaram-se a dar essa honra a qualquer ídolo, mesmo que fosse de ouro puro. Ao fazer assim, estariam, para todos os efeitos, a prostrar-se ao rei da Babilônia. Recusando-se a fazer como o rei ordenara, sofreram o castigo, e foram lançados na fornalha de fogo ardente. Mas Cristo veio pessoalmente e andou com eles no meio do fogo e nada de mal lhes sucedeu. ME2 312 7 Tanto no culto público como no particular é nosso dever prostrar-nos de joelhos diante de Deus quando Lhe dirigimos nossas petições. Este procedimento mostra nossa dependência de Deus. ME2 312 8 Na dedicação do Templo, Salomão estava em pé a olhar para o altar. No átrio do templo havia uma base de metal, e depois de subi-la ele ficou em pé e levantou as mãos ao céu, e abençoou a enorme congregação de Israel, e toda a congregação de Israel estava em pé. ... ME2 313 1 "Porque Salomão tinha feito uma base de metal, de cinco côvados de comprimento, e de cinco côvados de largura, e três côvados de altura, e a tinha posto no meio do pátio e pôs-se nela em pé, e ajoelhou-se em presença de toda a congregação de Israel, e estendeu as suas mãos para o céu." 2 Crônicas 6:13. ME2 313 2 A longa oração que ele fez então era apropriada para a ocasião. Foi inspirada por Deus, respirando os sentimentos da mais elevada piedade combinada com a mais profunda humildade. Uma frouxidão progressiva ME2 313 3 Apresento estes textos comprovativos, com a pergunta: "Onde recebeu o irmão H sua educação?" -- Em Battle Creek. Será possível que com todo o esclarecimento que Deus tem dado a Seu povo sobre a reverência, ministros, diretores e professores de nossas escolas, por preceito e exemplo ensinem os jovens a ficarem em pé na devoção, como faziam os fariseus? Consideraremos isto demonstrativo de sua presunção e importância própria? Devem essas características tornar-se distintas? ME2 313 4 "E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: dois homens subiram ao templo, a orar, um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus graças Te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo." Lucas 18:9-12. Note-se que foi o fariseu que a si mesmo se justificava que não se encontrava em posição de humildade e reverência diante de Deus; mas estando de pé em sua soberba presunção, ele contou ao Senhor todas as suas boas obras. "O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira" (Lucas 18:11); e sua oração não se elevou acima de si mesmo. ME2 313 5 "O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador? Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado." Lucas 18:13, 14. ME2 314 1 Temos a esperança de que nossos irmãos não manifestarão menos reverência e respeito ao aproximarem-se do único Deus vivo e verdadeiro do que os pagãos manifestam para com suas divindade idolátricas, ou estes povos serão nossos juízes no dia da decisão final. Falo a todos os que ocupam os lugares de professores em nossas escolas. Homens e mulheres, não desonreis a Deus pela vossa irreverência e imponência. Não vos ponhais eretos em vosso farisaísmo ao fazerdes vossas orações a Deus. Desconfiai de vossa própria força. Não confieis nela; mas prostrai-vos freqüentemente de joelhos diante de Deus, e adorai-O. Prostrado de joelhos ME2 314 2 E quando vos reunis para adorar a Deus, não deixeis de vos prostrar de joelhos diante dEle. Que esta ação testifique de que toda a alma, e corpo e espírito estão em sujeição ao Espírito de verdade. Quem tem examinado a palavra diligentemente à procura de exemplos e orientação neste respeito? Em quem podemos confiar como professores de nossas escolas na América e nos outros países? Deverão os alunos voltar às suas pátrias depois de anos de estudos, com idéias pervertidas acerca do respeito, da honra e da reverência que deviam ser dados a Deus, e sem se sentirem sob o dever de honrarem os homens de cabelos brancos, os homens de experiência, os escolhidos servos de Deus que têm estado relacionados com a obra de Deus durante quase todos os anos de sua vida? Aconselho a todos os que freqüentam escolas na América ou em qualquer outro lugar a que não absorvam o espírito de irreverência. Compreendei ao certo por vós mesmos que espécie de educação necessitais para que possais ensinar outros a obter aptidão de caráter que suportará a prova que em breve sobrevirá a todos que vivem neste mundo. Convivei com os mais sólidos cristãos. Não escolhais os professores ou alunos pretensiosos, mas aqueles que mostram a mais profunda piedade, aqueles que têm um espírito de inteligência das coisas de Deus. ME2 314 3 Estamos a viver em tempos perigosos. Os adventistas do sétimo dia fazem a profissão de ser o povo que guarda os mandamentos de Deus; mas estão a perder o seu espírito devocional. Este espírito de reverência para com Deus ensina aos homens a maneira de se aproximarem do seu Criador -- com consagração e reverência pela fé, não em si mesmos, mas num Mediador. Assim o homem está seguro sob todas as circunstâncias em que se encontre. O homem deve vir ao escabelo da misericórdia de joelhos prostrados, como um súdito da graça, um suplicante. E ao receber benefícios diariamente da mão de Deus, deve sempre acalentar gratidão em seu coração, e expressá-la por palavras de agradecimentos e louvor por esses favores desmerecidos. Os anjos têm estado a guardar o seu caminho durante toda a sua vida, não tendo ele visto muitas das ciladas das quais o livraram. E por esta proteção e vigilância feita por olhos que jamais cochilam e nunca dormem, deve ele reconhecer em cada oração, o serviço que Deus lhe presta. ME2 315 1 Todos devem apoiar-se em Deus em seu desamparo e em sua necessidade cotidiana. Devem mostrar-se humildes, vigilantes e piedosos. Louvor e ação de graças devem fluir em agradecimento e sincero amor a Deus. ME2 315 2 Eles devem louvar ao Deus Altíssimo na assembléia dos justos e na congregação. Todos os que têm uma noção de sua vital ligação com Deus devem estar diante do Senhor como Suas testemunhas, relatando o amor, as misericórdias e a bondade de Deus. Que as palavras sejam sinceras, simples, fervorosas, inteligentes, o coração inflamado com o amor de Deus, os lábios santificados para Sua glória não somente para anunciar as beneficências de Deus na assembléia dos santos, mas para serem Suas testemunhas em todo lugar. Os habitantes da Terra devem saber que Ele é Deus, o único Deus verdadeiro e vivo. ME2 315 3 Deve haver um conhecimento inteligente de como aproximar-se de Deus em reverência e piedoso temor com amor devocional. Há uma crescente falta de reverência para com o nosso Criador, um crescente desrespeito pela Sua grandeza e majestade. Mas Deus nos fala nestes últimos dias. Ouvimos Sua voz na tempestade, no ribombar do trovão. Ouvimos das calamidades que Ele permite nos terremotos, das inundações e dos elementos destruidores que levam tudo à sua frente. Ouvimos de navios que naufragam no oceano tempestuoso. Às famílias que têm recusado reconhecê-Lo, às vezes Deus fala no turbilhão e na tempestade, às vezes face a face como Ele falou com Moisés. Ou segreda Seu amor à confiante criancinha e ao decrépito e encanecido ancião. E a sabedoria terrestre torna-se sábia ao contemplar o invisível. ME2 316 1 Cubram todos a face quando se ouve a voz mansa e delicada que sucede ao turbilhão e à tempestade que deslocam as rochas, porque Deus está muito perto. Que se escondam em Jesus Cristo; porque Ele é o seu esconderijo. Sua mão ferida cobrirá a fenda na rocha enquanto o humilde suplicante prostrado espera para ouvir o que o Senhor diz ao Seu servo. -- Manuscrito 84b, 1897. Não há lugar impróprio para a oração ME2 316 2 Não há tempo nem lugar impróprios para se erguer a Deus uma oração... Entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido, perante o rei Artaxerxes. -- Vereda de Cristo, 88, 89. ME2 316 3 Podemos falar com Jesus no caminho e Ele diz: Estou a tua mão direita. Podemos comunicar com Deus em nosso coração: andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exaltar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida. -- Obreiros Evangélicos, 258. ME2 316 4 Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando, e quando ocupados com os trabalhos diários. -- A Ciência do Bom Viver, 511. ------------------------Capítulo 33 -- "Não terás outros deuses diante de mim" ME2 317 1 Todo verdadeiro filho de Deus será joeirado como o trigo, e no processo do joeiramento tem de ser sacrificado todo acarinhado prazer que afaste de Deus a mente. Em muitas famílias o cimo da lareira, as estantes e mesas, estão cheios de ornamentos e quadros. Álbuns repletos de fotografias da família e dos amigos acham-se onde chamem a atenção das visitas. Assim os pensamentos, que deveriam estar em Deus e nos interesses celestiais, são atraídos para as coisas comuns. Não é isto uma espécie de idolatria? Não deveria o dinheiro assim despendido ter sido usado para beneficiar a humanidade, aliviar os sofredores, vestir os nus e alimentar os famintos? Não deveria ser colocado no tesouro do Senhor, para promover Sua causa e edificar Seu reino na Terra? ME2 317 2 Este assunto é de grande importância, e é-vos apresentado para salvar-vos do pecado da idolatria. Bênçãos sobreviriam a vossa alma se obedecêsseis à palavra falada pelo Santo de Israel: "Não terás outros deuses diante de Mim." Êxodo 20:3. Muitos estão a criar para si mesmos cuidados e ansiedades desnecessários, dedicando tempo e pensamento aos ornamentos supérfluos de que enchem sua casa. É necessário o poder de Deus para despertá-los desta devoção, pois é idolatria, para todos os efeitos. ME2 318 1 Aquele que esquadrinha o coração, deseja afastar os Seus de toda sorte de idolatria. Ocupe a Palavra de Deus, o bendito livro da vida, as mesas agora repletas de ornamentos inúteis. Gastai vosso dinheiro em comprar livros que sirvam para elucidar a mente com respeito à verdade presente. O tempo que gastais em pegar os numerosos ornamentos de vossa casa e tirar-lhes o pó, gastai em escrever algumas linhas a vossos amigos, em enviar revistas ou folhetos ou livrinhos a alguém que não conheça a verdade. Apanhai a Palavra do Senhor como um tesouro de sabedoria e amor infinitos; ela é o Roteiro que assinala a vereda que leva ao Céu. Aponta-nos o Salvador que perdoa os pecados, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" João 1:29. ME2 318 2 Oxalá esquadrinhásseis as Escrituras com coração devoto, e um espírito rendido a Deus! Oxalá esquadrinhásseis vosso coração como com uma lâmpada acesa, e descobrísseis e rompêsseis os mais delgados fios que vos prendem a hábitos mundanos, que afastam de Deus a mente! Pleiteai com Deus, para que vos mostre toda prática que afaste dEle vossos pensamentos e afeições. Deus deu ao homem Sua santa lei, como Seu padrão de caráter. Por esta lei podeis ver e vencer cada defeito de vosso caráter. Podeis separar-vos de todo ídolo, e vincular-vos ao trono de Deus pela áurea cadeia da graça e verdade. -- The Review and Herald, 14 de Maio de 1901. Advertência acerca de atitudes extremas ME2 318 3 Havia alguns que tinham capacidade de ajudar a igreja, mas precisavam primeiro pôr em ordem seu próprio coração. Alguns tinham introduzido falsos testes e feito de suas próprias idéias e noções o critério, exagerando questões de pouca importância e tornando-as o teste da comunhão cristã, e atando sobre outros fardos pesados. Assim se insinuara um espírito de crítica, censura e dissensão, o que se tornou grande dano para a igreja. E foi dada aos descrentes a impressão de que os adventistas, observadores do sábado, eram um grupo de fanáticos e extremistas, e que sua fé singular os tornava descorteses e mesmo de caráter não cristão. Assim o procedimento de uns poucos extremistas impediu que a influência da verdade alcançasse o povo. ME2 319 1 Alguns faziam da questão do vestuário a coisa de suma importância, criticando peças de vestuário usadas por outros, e sempre prontos a condenar todo aquele que não satisfizesse exatamente suas idéias. Alguns condenavam as gravuras, insistindo em que são proibidas pelo segundo mandamento, e que tudo dessa espécie fosse destruído. ME2 319 2 Esses homens unilaterais nada podem enxergar senão aquela coisa única que se lhes apresenta ao espírito, e nela insistem. Anos atrás tivemos de defrontar esse mesmo espírito e obra. Surgiam homens alegando ter sido enviados com a mensagem de condenar as gravuras, e insistindo em que toda semelhança de qualquer coisa fosse destruída. Foram a ponto de mesmo condenar relógios que tinham algarismos, ou "figuras". ME2 319 3 Ora, lemos na Bíblia acerca de uma boa consciência; e há não só boas, mas também más consciências. Há uma consciência que tudo leva a extremos, tornando os deveres cristãos tão molestos como os judeus tornavam a observância do sábado. A repreensão que Jesus deu aos escribas e fariseus aplica-se igualmente a essa classe: "Dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezais a justiça e o amor de Deus." Lucas 11:42. Um só fanático, de espírito forte e idéias radicais, que oprima a consciência dos que querem proceder direito, fará grande dano. A igreja precisa ser purificada de todas essas influências. Figuras usadas por Deus ME2 319 4 O segundo mandamento proíbe o culto das imagens; Deus mesmo, porém, empregou figuras e símbolos para apresentar aos Seus profetas lições que queria que eles transmitissem ao povo, e que assim melhor seriam compreendidas do que se fossem dadas de outro modo. Ele apelou para o entendimento através do sentido da vista. A história profética foi apresentada a Daniel e a João em símbolos, e estes deviam ser representados claramente em tábuas, para que os que lessem os compreendessem. ME2 320 1 É certo que muitíssimo demasiado dinheiro é gasto com retratos; não pouco do dinheiro que deveria fluir para o tesouro de Deus é pago ao artista. Mas o mal que resulta para a igreja do procedimento desses extremistas é muito maior do que aquele que procuram corrigir. É às vezes difícil dizer onde, exatamente, fica a linha demarcatória, onde se torna pecado o tirar retratos. Mas os que amam a Deus e de todo o coração desejam guardar Seus mandamentos, serão por Ele dirigidos. Deus não quer que confiem em qualquer homem como consciência sua. Quem aceita todas as idéias e impressões de espíritos desequilibrados tornar-se-á confuso e desencaminhado. É objetivo de Satanás desviar a atenção da terceira mensagem angélica para objetivos laterais, a fim de que espíritos e corações que deviam estar crescendo na graça e conhecimento da verdade, sejam atrofiados e debilitados, de modo que Deus não possa por eles ser glorificado. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 211, 212. ------------------------Capítulo 34 -- Ocupação útil, melhor do que jogos ME2 321 1 Educai homens e mulheres a criarem seus filhos livres de práticas falsas, segundo a moda, ensinando-os a serem úteis. As filhas devem ser educadas pelas mães a fazer trabalho útil, não meramente dentro de casa mas também ao ar livre. As mães poderiam também educar os filhos, até certa idade, a fazer coisas úteis, dentro de casa e fora. ME2 321 2 Há bastantes coisas úteis e necessárias por fazer em nosso mundo, as quais tornariam quase inteiramente desnecessária a prática das diversões. O cérebro, os ossos e músculos adquirirão solidez e força pelo uso com um propósito, concentrando-se em bons pensamentos, e delineando planos que os hão de educar [aos jovens] no sentido de desenvolver as faculdades do intelecto e fortalecer os órgãos físicos, o que implicará em pôr em uso prático os talentos que Deus lhes deu e com os quais poderão glorificá-Lo. ME2 321 3 Isto foi claramente exposto perante nossa instituição de saúde e nosso colégio, como forte razão para serem fundados entre nós. Como, porém, foi nos dias de Noé e Ló, assim se dá em nosso tempo. Os homens têm buscado muitas invenções e se têm apartado largamente dos desígnios e caminhos de Deus. Perigo dos esportes ME2 322 1 Não condeno o simples exercício de jogar bola; mas este, mesmo em sua simplicidade, pode ser exagerado. Estremeço sempre diante do resultado quase certo que segue na esteira dessas diversões. Leva a um dispêndio de meios que deveriam ser dedicados a levar a luz da verdade às almas que perecem longe de Cristo. As diversões e dispêndio de meios para satisfação própria que, passo a passo, levam à glorificação do próprio eu, e a educação nesses jogos com o fim de desfrutar prazer, produz por essas coisas um amor e paixão que não são favoráveis ao aperfeiçoamento do caráter cristão. ME2 322 2 A maneira em que têm sido conduzidos no colégio, não traz a aprovação do Céu. Não fortalece o intelecto. Não enobrece nem purifica o caráter. Há tendências que seguem através dos hábitos e costumes e práticas mundanos, e os participantes se tornam tão envaidecidos e vangloriosos que, no Céu, são considerados amantes dos prazeres mais que amantes de Deus. Em vez de tornar-se o intelecto fortalecido para realizar melhor trabalho como estudantes, para se tornarem cristãos mais habilitados a cumprir os deveres cristãos, a prática desses jogos lhes está enchendo o cérebro de pensamentos que lhes distraem dos estudos a mente. O caminho mais excelente ME2 322 3 Ora, o mesmo poder de exercitar a mente e os músculos poderia imaginar maneiras e meios de uma espécie de prática muito mais elevada, fazendo trabalho missionário que os tornaria cooperadores de Deus, e educaria para mais elevada utilidade na vida presente, mediante trabalho útil, que é um aspecto muito necessário na educação. ME2 322 4 Há muitas maneiras nas quais podem os jovens pôr a juros os talentos que Deus lhes confiou, para promover a obra e causa de Deus, não para se agradarem a si mesmos, mas para glorificar a Deus. A Majestade do Céu, o Rei da glória, fez o infinito sacrifício de vir ao nosso mundo para que pudesse elevar e enobrecer a humanidade. Foi Ele um obreiro perseverante, diligente. Lemos que Ele "andou fazendo bem". Atos dos Apóstolos 10:38. ME2 323 1 Não é esta a obra que todo jovem deve procurar fazer: trabalhar segundo Cristo? Tendes o auxílio de Cristo. As idéias dos estudantes se ampliarão. Serão de vasto alcance, e os poderes da utilidade, mesmo em vossa vida estudantil, hão de crescer continuamente. Os braços, as mãos, dados por Deus, devem ser usados em fazer o bem que traga a aprovação do Céu, de modo que possais ouvir afinal as palavras: "Bem está, servo bom e fiel." Mateus 25:21. ME2 323 2 Não penso, segundo a maneira em que o caso me foi apresentado, que vossos jogos de bola sejam conduzidos de modo que o registro dos estudantes, na estima dAquele que pesa as ações, seja da espécie que traga recompensa aos participantes. ME2 323 3 Forme-se um grupo, mais ou menos segundo o plano da ordem do Esforço Cristão, e vede o que pode ser feito por todo instrumento humano de responsabilidade, em matéria de observar e aproveitar as oportunidades de trabalhar pelo Mestre. Tem Ele uma vinha na qual todos podem efetuar boa obra. A humanidade sofredora precisa de auxílio por toda parte. Os estudantes podem alcançar entrada ao coração dirigindo palavras oportunas, prestando favores aos que precisam mesmo de trabalho físico. Isto não será desonra para nenhum de vós, e trará a consciência da aprovação de Deus. Será isso o mesmo que entregar aos banqueiros os talentos que vos foram confiados para os usardes sabiamente. O negociar com eles, aumentá-los-á. ME2 323 4 Existem métodos de exercícios saudáveis que podem ser planejados, e que serão benéficos tanto à alma como ao corpo. Há uma grande obra para ser feita, e é necessário que todo instrumento responsável se eduque no fazer essa obra de modo aceitável a Deus. Muito há que aprender, da parte de todos, e não se pode inventar melhor emprego de cérebro, ossos e músculos do que aceitar a sabedoria de Deus em fazer o bem, e adotar algum plano humano para remediar os males existentes, desta época extravagante e perversa. ME2 323 5 É nosso dever procurar sempre fazer o bem no uso dos músculos e do cérebro que Deus confiou aos jovens, a fim de que sejam úteis aos outros, tornando seus labores mais leves, procurar consolar os tristes, erguer os desanimados, dirigir palavras de conforto aos desesperançados, volvendo o espírito dos estudantes dos divertimentos e doidices que muitas vezes os levam para além da atitude digna da varonilidade e feminilidade, para a vergonha e desgraça. O Senhor deseja que nosso espírito seja elevado, buscando mais altos e mais nobres condutos de utilidade. Perigos para a espiritualidade ME2 324 1 É a intenção, sinceramente, buscar a glória de Deus nesses jogos? Bem sei que tal não se dá. Perdem-se de vista os caminhos e propósitos de Deus. O uso que fazem do tempo seres inteligentes, no tempo da graça, invalida a revelada vontade de Deus, substituindo-a pelas especulações e invenções do instrumento humano, com Satanás ao seu lado para imbuí-lo de seu espírito. Mantende bem junto de vós a Palavra de Deus. Por ela guiados sereis sábios, sereis constantes, inamovíveis, sempre abundando na obra do Senhor. Temos de, nestes últimos dias, vigiar em oração. O Senhor Deus do Céu protesta contra a ardente paixão cultivada para conseguir a supremacia, nos jogos que são tão absorventes. ME2 324 2 Em tempo algum de vossa vida fostes colocados em lugar mais crítico do que agora, quando seguis vossos estudos médicos em Ann Harbor. Satanás vigia todo meio pelo qual possa aproveitar-se para insinuar-se com suas astutas tentações, para destruir a alma. Defrontareis sentimentos incrédulos em todos os homens inteligentes que se chamam cristãos. Apegai-vos à sabedoria que vos é revelada na Palavra de Deus, pois se obedecerdes aos seus ensinos, ela vos vinculará ao trono de Deus. ME2 324 3 Agora, mais do que em qualquer outro período de tempo, estou temerosa de que cristãos, como indivíduos, se separem de Deus por perder de vista o Modelo, Jesus Cristo, e pensem ser seguro andar entre as faíscas que acenderam [Isaías 50:11], enganando a alma com pensar que seja o caminho do Senhor. -- Carta 17a, 1893. ------------------------Capítulo 35 -- Guiar-se por métodos casuais ME2 325 1 [Conselho a um comerciante acerca de métodos por ele empregados ao tomar decisões importantes.] ME2 325 2 Vós procurais chegar a decisões corretas relativamente a deveres religiosos, e tomar decisões concernentes a empreendimentos comerciais, atirando para o ar uma moeda, e deixando que a posição em que ela cai indique o caminho que haveis de seguir. Estou instruída a dizer que não devemos animar quaisquer métodos assim. São demasiado comuns, muito semelhantes a movimentos de prestidigitação. Não são do Senhor, e os que deles dependem para direção encontrarão fracasso e desapontamento. Não sendo senão uma questão de acaso, a influência de adotar tais provas quanto ao dever é calculado a levar a mente a depender de chance e conjectura, quando toda a nossa obra e nossos planos de trabalho devem ser estabelecidos sobre a firme Palavra de Deus. ME2 325 3 O povo de Deus só pode chegar à correta compreensão do dever mediante oração sincera e busca diligente da santificação do Espírito Santo. Quando buscam corretamente instrução acerca de seu procedimento, esses métodos estranhos em que não se pode confiar não serão aceitos por eles. Serão assim salvos de uma obra de acaso, e da confusão que é sempre o resultado de depender de invenções humanas. ... ME2 326 1 Direi a nosso povo: Ninguém se desvie dos princípios sãos, sensatos, que Deus estabeleceu para guia de Seu povo, para depender de qualquer invenção dessa espécie, como seja o atirar para o ar uma moeda. Tal atitude agrada muito ao inimigo das almas; pois ele opera para controlar a moeda, realizando seus planos por meio dela. Ninguém seja tão facilmente iludido que ponha a confiança em quaisquer provas assim. Ninguém amesquinhe sua experiência recorrendo a métodos ordinários quanto a direção em assuntos importantes relacionados com a obra de Deus. ME2 326 2 O Senhor não opera por meio de acaso. Buscai-O mais diligentemente em oração. Ele impressionará a mente, e dará linguagem e expressão. O povo de Deus não deve ser educado em confiar em invenções humanas e provas incertas como um meio de conhecer a vontade de Deus a seu respeito. Satanás e seus instrumentos estão sempre prontos a entrar em qualquer porta que encontrem que afaste almas dos puros princípios da Palavra de Deus. O povo que é guiado e ensinado por Deus não dará lugar a métodos para os quais não há um "Assim diz o Senhor". ME2 326 3 Que todo aquele que professa estar-se preparando para a vinda do Senhor O busque humildemente quanto ao conhecimento de Sua vontade, e a um espírito voluntário para andar em toda a luz que Ele envia. Temos tido como um povo muitas instruções relativamente a nosso dever de confiar em Deus quanto a sabedoria e conselho. Vamos à Palavra de Deus em busca de instrução. "Examinai as Escrituras", disse o Salvador. ... Necessitamos humilhar o coração e purificar a alma diariamente, aprendendo em todos os tempos a andar pela fé do Filho de Deus. ME2 326 4 Irmãos e irmãs, abandonai todas as provas sem importância que sejais tentados a fazer, e provai vosso espírito pelo testemunho da Palavra de Deus. Estudai essa Palavra, para que conheçais o caráter e a vontade de Deus. É positivamente essencial que todo crente faça das verdades da Bíblia seu guia e salvaguarda. A todo jovem de ambos os sexos, e aos de idade avançada, testifico que o estudo da Palavra é a única salvaguarda para a alma que quiser permanecer firme até ao fim. -- Special Testimonies, Série B, 17a:25-29. Perguntas respondidas em uma entrevista ME2 327 1 G. C. White: Que pensa a senhora quanto à questão de decidir assuntos de negócio e dos atos diários e decisões de uma pessoa pedindo ao Senhor que responda "Sim" ou "Não" a sua pergunta nesse sentido? Ela escreve as palavras, uma em cada lado do cartão, depois deixa-o cair, e aceita como resposta o que estiver na face apresentada, crendo que assim Deus quer ou não quer que ela faça aquilo. ME2 327 2 E. G. White: [Isto é um método de acaso, que Deus não aprova. Aos homens que têm sugerido tais provas, tenho dito: "Não, não." As coisas sagradas que dizem respeito à causa de Deus não devem ser tratadas com tais métodos. Ele não nos instrui que devemos saber Sua vontade por qualquer meio assim. ME2 327 3 Acaso nos comunica experiências que glorifiquem a Deus, o decidirmos qual seja Sua vontade pelo deixar cair um papel ou uma moeda, e observar a maneira por que cai? Não, não. Provas como essas arruínam a experiência religiosa daquele que as adota. Todo aquele que confia nessas coisas para guia, necessita reconverter-se.] ME2 327 4 Depois do grande desapontamento do povo adventista em 1844, tínhamos todas essas coisas a combater repetidamente. Fui então erguida do leito da enfermidade, e enviada a dar uma mensagem de reprovação por tal fanatismo. Eles usavam métodos diferentes. Escolhiam um sinal, e então seguiam a direção indicada por ele. ME2 327 5 Num caso, não enterraram uma criança que morrera, porque entenderam, pelo sinal que haviam estabelecido, que essa criança iria ser ressuscitada. ME2 327 6 Fui enviada a dar meu testemunho quanto à falácia dessas coisas que eles estavam usando como sinais. Segundo a luz que Deus me deu, não há para nós segurança a não ser em um "Assim diz o Senhor". ... ME2 327 7 G. C. White: Imaginai que se trate de uma transação comercial. Vejo uma propriedade que se me afigura boa; peço ao Senhor que me diga se devo comprá-la ou não. Adoto então o uso de atirar para cima uma moeda, e se ela cai com uma face para cima, compro-a; e se cai a outra face para cima, não a compro. ME2 328 1 E. G. White: Deus me deu a mensagem de que coisa alguma semelhante deve penetrar na obra de Sua causa. Isto a rebaixaria até ao pó. Foi assim que isso me foi apresentado. Desviaria a mente de Deus e de Seu poder e Sua graça, para as coisas comuns, e o inimigo se serviria dessas mesmas coisas de modo a mostrar algo de maravilhoso como resultado de seguir essas provas de feitura humana. ... ME2 328 2 G. C. White: A irmã Harris diz que o irmão Harris sempre ora antes de atirar a moeda. Não faria isto alguma diferença? ME2 328 3 E. G. White: Nem um pouco de diferença. Não oravam sempre os fanáticos de que falei quando praticavam essas terríveis experiências no Estado de Maine? Esse plano leva a confiar no que o humano pode fazer. O de que carecemos não é menos do poder de Deus, e sim de mais. Carecemos de uma solenidade que só vem do Deus do Céu. Então, trabalharemos em harmonia com Seus santos ensinos. ... ME2 328 4 Temos trabalhado com todas as nossas forças para estimular nosso povo a chegar a Deus com fé, e a crer que Seu Santo Espírito lhes será liberalmente dado como instrutor e guia, e que mediante Sua ministração eles conhecerão a vontade de Deus. -- Idem, 16-20. Lançar sortes na escolha de oficiais da igreja ME2 328 5 Não tenho fé em lançar sortes. Temos na Bíblia um positivo "Assim diz o Senhor" quanto a todos os deveres da igreja. ... ME2 328 6 Eu diria aos membros da igreja de _____: "Lede a Bíblia com muita oração. Não procureis humilhar outros, mas humilhai-vos a vós mesmos diante de Deus, e lidai benignamente uns com os outros. Lançar sortes para os oficiais da igreja não está no plano de Deus. Chamem-se homens de responsabilidade para escolher os oficiais da igreja." -- Carta 37, 1900. ------------------------Capítulo 36 -- Provendo para o dia da necessidade Aconselhada a economia sistemática ME2 329 1 Toda semana deveis pôr de parte, em lugar seguro, cinco ou dez dólares que não sejam usados a não ser para caso de doença. Com economia, podereis pôr alguma coisa a juros. Com sábia administração, podeis poupar alguma coisa depois de pagar vossos débitos. -- Carta 49, 1884. ME2 329 2 Conheci uma família que ganhava vinte dólares por semana e gastava cada centavo deles, ao passo que outra família com o mesmo número de pessoas, que não ganhava senão doze dólares por semana, punha de parte um ou dois dólares semanalmente, manobrando para isto mediante o abster-se de comprar coisas que pareciam necessárias mas que podiam ser dispensadas. -- Carta 156, 1901. Preparando-se para o tempo de renda reduzida ME2 329 3 Poderíeis haver tido hoje um capital para empregar em caso de emergência e para ajudar na causa de Deus, se houvésseis economizado como devíeis. Cada semana devia haver sido posta de lado uma porção de vossos vencimentos não sendo tocada de maneira alguma a menos que fosse por real necessidade, ou para devolver ao Doador em ofertas a Deus. ... ME2 329 4 Os meios que haveis ganho não têm sido sábia e economicamente dispendidos de maneira a deixar uma margem, para o caso de adoecerdes e vossa família ficar privada dos meios que a sustentam. Vossa família deve ter alguma coisa em que se apoiar se acontecer de chegardes a situações precárias. -- Carta 5, 1877. Um jovem aconselhado a economizar e pôr de parte ME2 330 1 É certo que não economizastes em tudo, do contrário teríeis agora alguma coisa a mostrar em resultado da sábia economia louvável em todo rapaz. Deve ser uma regra para vós reservar cuidadosamente uma porção do ganho de cada semana e pôr de parte essa importância, que não deve ser tocada. ... ME2 330 2 Diligência nos negócios, abstenção do prazer, mesmo privação -- contanto que não afete a saúde, devem ser cuidadosamente mantidas por um jovem em vossas circunstâncias, e deveis ter uma pequena economia intata para o caso de virdes a adoecer, de modo que não dependais da caridade de outros. Tendes gasto desnecessariamente muitos meios que poderiam estar agora rendendo juros, e vós estardes fruindo algum lucro. ... ME2 330 3 Poderíeis ter tido, mesmo de vossos parcos ganhos, uma reserva de meios para qualquer emergência. Ela poderia ter sido empregada num lote de terra que estaria aumentando de valor. Mas gastar um rapaz até o último dólar que ganha mostra grande falta de cálculo e de discernimento. ME2 330 4 Uma vez que os mortais têm corpo e cabeça e coração a prover, devem ser feitas algumas provisões para o corpo a fim de manter no mundo posição conveniente. Não para satisfazer às normas do mundo -- oh! não, verdadeiramente não; mas para exercer influência no mundo para o bem. Podem ser exercidos amor e simpatia, e a ternura da fraternidade comum. -- Carta 41, 1877. ------------------------Capítulo 37 -- Os idosos destituídos de lar ME2 331 1 Reunimo-nos às nove horas na grande tenda com alguns dos irmãos para falar acerca do assunto que nos é constante e insistentemente apresentado -- o das pessoas idosas que não possuem lar. Que faremos com elas? ME2 331 2 O esclarecimento a mim dado pelo Senhor foi repetido: Cuide cada família de seus próprios parentes, tomando adequadas providências em seu favor. Caso isto não seja possível, então a igreja deve assumir a responsabilidade. O Senhor abençoará Sua igreja ao exercer beneficência. Eles são pobres de Deus, e não devem ser deixados infelizes e em privações. ME2 331 3 No caso de a igreja não poder fazer isto, então a associação deve tomar a si o providenciar para os necessitados do Senhor. Igualmente para os órfãos devem ser tomadas providências. Caso eles não possam ser cuidados pelos próprios parentes, então a igreja ou a associação precisa cuidar deles e colocá-los em lares apropriados. -- Manuscrito 151, 1898. ------------------------Capítulo 38 -- Acerca da questão militar A guerra nos tempos do velho testamento ME2 332 1 O Senhor mandou Moisés afligir os midianitas, e feri-los, porque eles haviam afligido Israel com seus ardis, com os quais haviam-nos seduzido a transgredir os mandamentos de Deus. ME2 332 2 O Senhor ordenou a Moisés que vingasse os filhos de Israel dos midianitas, e depois ele seria recolhido a seu povo. Moisés ordenou aos homens de guerra que se preparassem para a batalha contra os midianitas. E eles guerrearam contra eles como o Senhor ordenara, e mataram todos os homens, mas levaram as mulheres e as crianças em cativeiro. Balaão foi morto com os midianitas. "Porém Moisés e Eleazar, o sacerdote, e todos os maiorais da congregação saíram a recebê-los fora do arraial. E indignou-se Moisés grandemente contra os oficiais do exército, capitães dos milhares e capitães das centenas, que vinham do serviço daquela guerra. E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que por conselho de Balaão deram ocasião aos filhos de Israel de prevaricar contra o Senhor, no negócio de Peor, pelo que houve aquela praga entre a congregação do Senhor." Números 31:13-16. ME2 332 3 Moisés ordenou aos homens de guerra que destruíssem as mulheres e os meninos. Balaão vendera os filhos de Israel por uma recompensa, e ele pereceu com o povo cujo favor obtivera com o sacrifício de vinte e quatro mil israelitas. ME2 333 1 O Senhor é considerado cruel por muitos por requerer de Seu povo que fizesse guerra com outras nações. Dizem estar isto em contradição com Seu caráter benévolo. Aquele, porém, que fez o mundo, e formou o homem para habitar na Terra, tem ilimitado domínio sobre todas as obras de Suas mãos, e tem o direito de fazer segundo Lhe apraz, e o que Lhe apraz com a obra de Suas mãos. O homem não tem o direito de dizer a Seu Criador: Por que fazes assim? Não há injustiça em Seu caráter. Ele é o governador do mundo, e grande parte de Seus súditos rebelaram-se contra Sua autoridade, e pisaram Sua lei. Ele lhes outorgou bênçãos liberais, e circundou-os de tudo quanto é necessário, e todavia, curvaram-se diante de imagens de pau e de pedra, de prata e de ouro, feitas por suas próprias mãos. Ensinam a seus filhos que esses são os deuses que lhes dão a vida e a saúde, e fazem frutíferas suas terras, e lhes dão riquezas e honra. Zombam do Deus de Israel. Desprezam Seu povo, porque suas obras são justas. "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras." Salmos 14:1. Deus os suportou até que encheram a medida de sua iniqüidade, e então trouxe sobre eles rápida destruição. Usou Seu povo como instrumento de Sua ira, para punir as nações ímpias, que os haviam afligido, e seduzido à idolatria. ME2 333 2 Foi-me apresentado o quadro de uma família. Parte dos filhos parece ansiosa de aprender as ordens do pai e a elas obedecer, ao passo que os outros calcam-lhe aos pés a autoridade, e parecem exultar em mostrar desprezo ao governo de sua família. Partilham dos benefícios da casa de seu pai, e estão recebendo continuamente de sua munificência. Dele dependem inteiramente por tudo quanto recebem, todavia não são gratos, mas conduzem-se orgulhosamente, como se todos os favores recebidos de seus indulgentes pais fossem supridos por eles próprios. O pai observa todos os atos desrespeitosos de seus filhos desobedientes e ingratos, todavia ele os suporta. ME2 334 1 Por fim esses filhos rebeldes vão ainda mais longe, e procuram influenciar e levar à rebelião os membros da família de seu pai que até então têm sido fiéis. Então, toda dignidade e autoridade do pai é chamada à ação, e ele expulsa de casa os filhos rebeldes, que não somente abusaram de seu amor e de suas bênçãos, eles próprios, mas procuraram subverter o resto que se submetia às sábias e judiciosas leis da casa de seu pai. ME2 334 2 Por amor dos poucos que são leais, cuja felicidade estava exposta à sediciosa influência dos membros rebeldes de sua casa, ele separa da família os filhos insubmissos, ao passo que busca, ao mesmo tempo, levar para mais perto de si os restantes fiéis e leais. Todos honrariam o modo sábio e justo de proceder de tal pai, castigando mui severamente seus filhos insubmissos e rebeldes. ME2 334 3 Assim tem Deus tratado a Seus filhos. Em sua cegueira, porém, o homem passa por alto as abominações dos ímpios, e deixa despercebida a contínua ingratidão e rebelião e os pecados que desafiam ao Céu, daqueles que espezinham a lei de Deus e afrontam Sua autoridade. E não param aí, mas exultam em subverter Seu povo, e influenciá-los por seus ardis a transgredir e mostrar franco desprezo pelas sábias ordenações de Jeová. ME2 334 4 Alguns só podem ver a destruição dos inimigos de Deus, que se lhes afigura desapiedada e severa. Não olham o outro lado. Demos, porém, contínuas graças por não ser o homem instável, impulsivo, com toda a sua alardeada benevolência, o que dispõe e controla os acontecimentos. "As misericórdias dos ímpios são cruéis." Provérbios 12:10. -- Spiritual Gifts 4:49-52. Elucidação dada quanto ao sorteio ME2 334 5 Indagais relativamente à direção que deve ser seguida no assegurar os direitos de nosso povo para adorar segundo os ditames de nossa própria consciência. Isto foi uma preocupação para minha alma por algum tempo -- se seria uma negação de nossa fé e prova de que nossa confiança não estava plenamente em Deus. Mas lembro muitas coisas que Ele me tem mostrado no passado quanto a coisas de caráter semelhante, como o sorteio e outras. Posso dizer no temor de Deus: é direito fazermos tudo ao nosso alcance para desviar a pressão que está sendo imposta a nosso povo. -- Carta 55, 1886. Manobras exigidas ME2 335 1 Acabamos de despedir-nos de três de nossos homens de responsabilidade no escritório, os quais foram convocados pelo governo para servir por três semanas em manobras militares. Era uma importante etapa de nosso trabalho na casa publicadora, mas os chamados do governo não se acomodam às nossas conveniências. Exigem que os jovens a quem aceitaram como soldados não negligenciem o exercício e treino essencial para o serviço militar. Alegramo-nos por ver que esses homens com suas fardas tinham condecorações por sua fidelidade no trabalho. Eram jovens fidedignos. ME2 335 2 Esses não foram por sua livre vontade, mas porque as leis de seu país assim exigiram. Demos-lhes uma palavra de animação a que fossem achados soldados fiéis da cruz de Cristo. Nossas orações seguirão esses rapazes, para que os anjos de Deus os acompanhem e os guardem de toda tentação. -- Carta 23, 1886. (Escrita de Basiléia, Suíça, a 2 de Setembro de 1886.) ------------------------Capítulo 39 -- Conselho sobre votar ME2 336 1 Nossa obra é vigiar, esperar e orar. Examinai as Escrituras. Cristo vos advertiu a não vos misturardes com o mundo. Devemos sair dentre eles e separar-nos "e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso". 2 Coríntios 6:17, 18. Sejam quais forem as opiniões que tenhais em relação a dar o vosso voto em questões políticas, não as deveis proclamar pela pena ou pela voz. Nosso povo deve silenciar acerca de questões que não têm relação com a terceira mensagem angélica. Se já um povo se deveu aproximar de Deus, esse é o povo adventista do sétimo dia. Têm sido feitos admiráveis projetos e planos. Tem-se apoderado de homens e mulheres um ardente desejo de proclamar alguma coisa, ou ligar-se com alguma coisa; eles não sabem o quê. O silêncio de Cristo sobre muitos assuntos, porém, era verdadeira eloqüência. ... ME2 336 2 Irmãos, não vos lembrais de que a nenhum de vós foi imposta pelo Senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a Palavra do Senhor. ... ME2 336 3 Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas. Todos fariam bem em dar ouvidos à Palavra de Deus: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos em luta política, nem vos vinculeis a eles em suas ligações. Não há terreno seguro em que possam estar e trabalhar juntos. O fiel e o infiel não têm terreno neutro em que possam encontrar-se. ME2 337 1 Aquele que transgride um dos preceitos dos mandamentos de Deus é transgressor de toda a lei. Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis. -- Carta 4, 1898. Nossos pioneiros chegam a importante decisão ME2 337 2 Assisti à reunião à noitinha. Tivemos uma reunião espontânea, interessante. Depois do tempo de terminar, foi considerada a questão de votar, demorando-nos sobre ela. Primeiro, falou Tiago, depois o irmão [J. N.] Andrews, e foi por eles julgado melhor pôr sua influência a favor do direito e contra o erro. Eles acham que é direito votar em favor dos homens defensores da temperança governarem em nossa cidade, em vez de, por seu silêncio, correr o risco de serem eleitos homens intemperantes. O irmão [Davi] Hewitt conta sua experiência de alguns dias atrás e está certo de ser direito dar seu voto. O irmão [Josias] Hart fala bem. O irmão [Henrique] Lyon se opõe. Nenhum outro é contrário ao votar, mas o irmão [J. P.] Kellogg começa a julgar que é direito. Os sentimentos são cordiais entre todos os irmãos. Oh! que todos eles procedam no temor de Deus. ME2 337 3 Os homens da intemperança estiveram hoje no escritório, exprimindo de modo lisonjeiro sua aprovação à atitude dos observadores do sábado não votando, e exprimiram esperanças de que eles fiquem firmes nessa atitude e, como os Quakers, não dêem seu voto. Satanás e seus anjos estão atarefados por esta altura, e ele tem obreiros na Terra. Que ele fique decepcionado é a minha oração. -- E. G. White em seu diário de domingo, 6 de Março de 1859. ------------------------Capítulo 40 -- Lúpulo, fumo e porco ME2 338 1 Em resposta a muitas indagações, queremos dizer que cremos haver negócio que os adventistas possam fazer para ganhar a vida, os quais estão mais em harmonia com sua fé do que cultivar lúpulo, fumo ou criar porcos. ME2 338 2 E recomendaríamos que não plantassem mais lúpulo, nem fumo, e que reduzissem o número de seus porcos. Talvez ainda reconheçam dever, como fazem os crentes muito coerentes, não os criar mais. Não insistiríamos nessa opinião com quem quer que seja. Muito menos tomaríamos a responsabilidade de dizer: "Passai o arado em vossos campos de lúpulo e de fumo, e sacrificai vossos porcos aos cães." ME2 338 3 Ao passo que diríamos aos que estão dispostos a importunar os que cultivam lúpulo e fumo e criam porcos entre nosso povo que eles não têm o direito de fazer destas coisas, em qualquer sentido, uma prova de comunhão cristã, diríamos também, aos que têm em mãos essas infelizes coisas: "Se vos puderdes livrar delas sem grande prejuízo, a coerência com a fé deste povo cujas publicações e ensinos orais tanto têm a dizer quanto ao assunto da reforma, mais do que sugere que vos livreis delas o mais depressa possível." -- The Review and Herald, 24 de Março de 1868. ------------------------Capítulo 41 -- Conselhos sobre certas situações conjugais Um caso em que se justificava um segundo casamento ME2 340 1 Vejo, no que respeita ao casamento de vossa filha com J, o motivo de vossa aflição. Esse casamento, porém, teve lugar com vosso consentimento, e vossa filha sabendo tudo que a ele dizia respeito, aceitou-o como esposo, e agora não posso ver nenhuma razão por que vos preocupeis com a questão. Vossa filha ama a J, e pode ser que esse casamento esteja no desígnio de Deus para que tanto J como vossa filha tenham mais preciosa experiência cristã, e sejam edificados nos pontos em que são deficientes. Vossa filha se comprometeu com J em matrimônio, e romper os votos matrimoniais estaria longe de ser justo. Ela não pode agora anular suas obrigações para com ele. ... Eu conhecia pessoalmente suas anteriores relações para com sua primeira esposa, K. J amava K muitíssimo; ela, porém, não era digna de sua afeição. Ele fez tudo ao seu alcance para ajudá-la, e procurou por todos os meios possíveis conservá-la como esposa. Não poderia haver feito mais do que fez. Eu pleiteei com ela, e procurei mostrar-lhe a incoerência de sua atitude, e roguei-lhe que não pedisse divórcio; ela, porém, estava decidida e deliberada e obstinada, e queria seguir seu próprio caminho. Enquanto ela viveu com ele, procurou obter dele todo o dinheiro possível, mas não o tratava bondosamente como uma esposa deve tratar a seu marido. ME2 340 1 J não se separou de sua esposa. Ela o deixou e separou-se dele, e casou com outro homem. Não vejo nada na Escritura que o proíba de tornar a casar-se no Senhor. Ele tem direito à afeição de uma mulher. ... ME2 340 2 Não posso ver que esta nova união deva ser perturbada. É uma questão séria separar um homem de sua esposa. Não há nenhuma base bíblica para dar tal passo nesse caso. Ele não a deixou, ela o deixou a ele. Ele não se tornou a casar até que ela conseguiu divórcio. Quando K se divorciou de J ele sofreu mui vivamente, e não foi senão depois de ela casar-se com outro homem que J se tornou a casar. Aquela que ele escolheu, estou certa de que será um auxílio para ele, e ele pode ser uma ajuda para ela. ... Não vejo nada na Palavra de Deus que exija que ela se separe dele. Como pedistes meu conselho, dou-o francamente. -- Carta 50, 1895. Conselhos a uma jovem que pensava em desposar um homem divorciado ME2 340 3 [Neste caso o irmão L deixara sua esposa e família e viajara para uma terra distante, confiando que o pai de sua mulher os havia de sustentar. Com o tempo sua mulher requereu divórcio sob alegação de abandono. Antes de o divórcio ser concedido, ele começou a se afeiçoar à jovem a quem é dirigida esta mensagem. -- Compiladores] A parte que provoca não tem direito a novo casamento ME2 340 4 Tenho estado a considerar vosso caso em relação com L, e não tenho outro conselho senão o que dei. Creio que não tendes razão moral para casar com L; ele não tem razão moral para desposar-vos. Ele abandonou sua esposa depois de infligir-lhe grande provocação. Abandonou aquela a quem votara diante de Deus amar e tratar com carinho enquanto ambos vivessem. Antes mesmo de ela requerer divórcio, quando ela era sua legítima esposa, ele a abandonou por três anos, e depois a esqueceu, e exprimiu-vos seu amor. O assunto foi tratado amplamente entre vós e um homem casado enquanto ele estava legalmente ligado à mulher que desposara, que dele tivera dois filhos. ME2 341 1 Não vejo nem uma partícula de condescendência na Escritura para qualquer de vós contrair matrimônio, se bem que a esposa dele esteja divorciada. Pela provocação que ele lhe fez, foi em grande parte seu próprio modo de agir que trouxe esse resultado, e não posso ver em aspecto mais favorável o ter ele direito legal de ligar seus interesses com os vossos ou de ligardes os vossos interesses com os seus. ... ME2 341 2 Surpreendo-me de que houvésseis por um momento de pensar em tal coisa, e pôr vossas afeições em um homem casado que abandonou sua mulher e seus filhos em tais circunstâncias. Aconselho-vos a expordes vossos pensamentos e planos a esse respeito no ponto em que estão, aos vossos irmãos de responsabilidade, para que lhes recebais os conselhos, e deixai que eles vos mostrem pela lei de Deus o erro em que caístes. Haveis ambos violado a lei só com o pensar que vos podíeis unir em matrimônio. Devíeis haver repelido o pensamento à sua primeira sugestão. -- Carta 14, 1893. Não melhora o caso deixar a esposa ME2 341 3 [Conselho dado em resposta ao esforço de um pai para romper com um antigo matrimônio de seu filho com a segunda esposa, porque muitos anos antes ele havia, sem base bíblica, se divorciado da primeira mulher para tornar legalmente possível o segundo casamento. -- Compiladores] ME2 341 4 Acabo de ler vossa carta relativamente ao caso de M. Considero o assunto sob o mesmo aspecto que vós, e julgo coisa ímpia e cruel que o pai de M tome a direção que está seguindo. ... Desejo dizer que seu caso [de M] não pode ser melhorado por deixar sua atual esposa. Não melhoraria o caso o voltar à outra mulher em questão. ME2 341 5 Considero o caso do pai singular, e seu registro é daqueles que não lhe será agradável enfrentar no dia de Deus. Ele precisa arrepender-se diante de Deus de seu espírito e suas obras. O melhor que ele tem a fazer é deixar de causar contendas. ... Façam o pai e o irmão obra diligente em seu próprio benefício. Necessitam ambos o poder convertedor de Deus. Oxalá o Senhor ajude essas pobres almas a remover a mancha e nódoa de seu próprio caráter, e arrependerem-se de seus erros, deixando M com o Senhor. ME2 342 1 Sinto tanto pelo homem! pois sua vida se acha de tal jeito que não adianta meter-se nisso, pois há dificuldades sobre dificuldades. Eu diria que o Senhor compreende a situação, e se M O buscar de todo o coração, O achará. Caso ele faça tudo ao seu alcance, Deus perdoará e o receberá. ME2 342 2 Oh! quão precioso é saber que temos Alguém que conhece e compreende e ajudará os que mais desamparados se encontram! A reprovação de Deus, porém, acha-se sobre o pai e o irmão que pretendem levar à destruição e perdição alguém que, aos olhos de Deus não se encontra em pior condenação do que eles próprios; e todavia eles empregam o dom da língua de modo a desanimar, desencorajar e compelir M ao desespero. ME2 342 3 M pode ter esperança em Deus e fazer tudo ao seu alcance para servi-Lo em toda humildade de espírito, lançando sua alma desamparada sobre o grande Portador dos Pecados. Não escrevi uma palavra nem ao pai nem ao filho. Faria de boa vontade alguma coisa para ajudar o pobre M a endireitar a questão, mas isto não pode ser feito na situação em que as coisas se encontram agora, sem alguém sofrer injustiça. -- Carta 175, 1901. Todos são um em Cristo ME2 342 4 Quem quer que, da família humana, se entregue a Cristo, quem quer que ouça a verdade e lhe obedeça, torna-se filho da mesma família. Os ignorantes e os sábios, os ricos e os pobres, os gentios e os escravos, brancos e pretos -- Jesus pagou o dinheiro de aquisição de sua alma. Se nEle crêem, a eles se aplica o sangue purificador. O nome do homem de cor é escrito no livro da vida, ao lado do nome do branco. Todos são um em Cristo. Nascimento, posição, nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens. O caráter é que faz o homem. Se um pele vermelha, um chinês ou africano dá o coração a Deus, em obediência e fé, Jesus o ama nada menos por causa de sua cor. Chama-lhe Seu bem-amado irmão. -- Manuscrito 6, 1891. ------------------------Capítulo 42 -- Conselho quanto ao casamento misto de brancos e de cor ME2 343 1 Somos uma irmandade. Não importa qual o ganho ou a perda, temos de agir nobre e corajosamente à vista de Deus e de nosso Salvador. Que nós, como cristãos que aceitam o princípio de que todos os homens, brancos e pretos, são livres e iguais, adotemos este princípio, e não sejamos covardes em face do mundo, e em face dos seres celestiais. Devemos tratar o homem de cor com o mesmíssimo respeito com que tratamos o branco. E podemos agora, por preceito e pelo exemplo, ganhar outros para o mesmo procedimento. ME2 343 2 Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer a sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitaria a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida. Por esta razão, caso não houvesse outras, não deveria haver casamentos entre as raças branca e de cor. -- Manuscrito 7, 1896. Resposta a uma indagação ME2 344 0 Sanatório, Califórnia, 7 de Agosto de 1912. ME2 344 1 Prezado Amigo: Em resposta a indagações quanto à conveniência de casamento entre jovens cristãos de raças branca e preta, direi que nos princípios de minha obra esta pergunta me foi apresentada, e o esclarecimento que me foi dado da parte do Senhor foi que esse passo não devia ser dado; pois é certo criar discussão e confusão. Tenho tido sempre o mesmo conselho a dar. Nenhuma animação deve ser dada a casamentos dessa espécie entre nosso povo. Que o irmão de cor se case com uma irmã de cor que seja digna, que ame a Deus e guarde os Seus mandamentos. Que a irmã branca que pensa em unir-se em matrimônio a um irmão de cor se recuse a dar tal passo, pois o Senhor não está dirigindo nessa direção. ME2 344 2 O tempo é demasiado precioso para ser perdido no conflito que surgirá em torno desse assunto. Não se permita que questões dessa espécie afastem nossos ministros de seu trabalho. O dar tal passo criará confusão e embaraço. Não será para o avançamento da obra ou da glória de Deus -- Carta 36, 1912. ME2 344 3 O Senhor considera com compaixão as criaturas por Ele criadas, não importa a que raça pertençam. Deus "de um só fez toda raça humana para habitar sobre toda a face da Terra". ... Falando a Seus discípulos, disse o Salvador: "Vós todos sois irmãos." Deus é nosso Pai comum, e cada um de nós é guarda de seu irmão. -- The Review and Herald, 21 de Janeiro de 1896. ------------------------Capítulo 43 -- Cura miraculosa Uma situação delicada ME2 345 1 Com relação a orações pelos doentes, são externadas muitas idéias próprias para confundir. Diz um: "Aquele por quem se orou deve andar pela fé, dando glória a Deus, e não fazendo uso de remédio algum. Caso ele esteja em uma instituição médica, deve deixá-la imediatamente." ME2 345 2 Sei que essas idéias são errôneas, e que no caso de serem aceitas induziriam a muitos males. ME2 345 3 Por outro lado, não desejo dizer coisa alguma que seja interpretada como falta de fé na eficácia da oração. ME2 345 4 O caminho da fé jaz bem ao lado da presunção. Satanás está sempre buscando nos conduzir a falsos trilhos. Vê que uma má compreensão do que constitui a fé confundirá e decepcionará. Agrada-se quando pode persuadir homens e mulheres a raciocinar partindo de falsas premissas. ME2 345 5 Eu só posso orar pelo doente, de uma maneira -- "Senhor, se for segundo a Tua vontade, para glória Tua e o bem do doente, digna-Te de curar o sofredor, nós Te rogamos. Não seja segundo a nossa vontade, mas a Tua." ME2 346 1 Neemias não considerou cumprido o seu dever depois de haver pranteado e chorado e orado perante o Senhor. Não orou somente. Trabalhou, misturando a petição com o esforço. ME2 346 2 Não é negação da fé empregar judiciosamente remédios racionais. -- Manuscrito 31, 1911. Talvez pareça o curso natural ME2 346 3 Os milagres de Deus nem sempre apresentam aspecto exterior de milagres. São muitas vezes operados de maneira que parece o curso natural dos acontecimentos. Quando oramos pelos doentes, trabalhamos também por eles. Respondemos a nossas próprias orações empregando os remédios ao nosso alcance. Água, sabiamente aplicada, é mui poderoso remédio. Ao ser inteligentemente usada, vêem-se resultados favoráveis. Deu-nos Deus inteligência e deseja que aproveitemos ao máximo Suas bênçãos promovedoras da saúde. Pedimos que Deus dê pão aos famintos; devemos ser então Sua mão ajudadora no aliviar a fome. Devemos empregar toda a bênção que Deus colocou ao nosso alcance para livramento dos que se encontram em perigo. ME2 346 4 Os meios naturais, usados em harmonia com a vontade de Deus, produzem resultados sobrenaturais. Pedimos um milagre, e o Senhor dirige a mente a algum remédio simples. Pedimos que Ele nos guarde da peste que anda na escuridão, que espreita com grande poder pelo mundo; cumpre-nos então cooperar com Deus, observando as leis da saúde e da vida. Havendo feito tudo quanto nos é possível, devemos continuar pedindo com fé saúde e força. Devemos comer o alimento que nos conserva a saúde física. Deus não nos dá nenhuma animação quanto a fazer por nós aquilo que podemos fazer por nós mesmos. As leis naturais têm de ser obedecidas. Não devemos deixar de fazer nossa parte. Deus nos diz: "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. ME2 346 5 Não podemos passar por alto as leis da Natureza sem desprezar as leis de Deus. Não podemos esperar que o Senhor opere um milagre por nós enquanto negligenciamos os remédios simples que Ele providenciou para nosso uso, os quais, apta e oportunamente aplicados, produzirão miraculoso resultado. ME2 347 1 Portanto, orai, crede e trabalhai. -- Carta 66, 1901. Um caso de cura ME2 347 2 Foi-me apresentado o caso de _____, um ministro; ele foi mandado buscar de cento e vinte quilômetros de distância, a fim de orar com uma irmã doente, que o mandou chamar em cumprimento do ensino de Tiago. Ele foi e orou fervorosamente, e ela orou; ela acreditava que o ministro era um homem de Deus, homem de fé. Os médicos haviam-na desenganado, para morrer de tuberculose. Ela foi curada imediatamente. Ergueu-se, e preparou a ceia, o que não fizera por dez anos. Ora, o ministro era vil, de vida corrupta, e todavia ali estava uma grande obra. Ele tomou toda a glória para si. ME2 347 3 Então passou novamente diante de mim a cena acima mencionada. Vi que a mulher era uma fiel discípula de Cristo; tinha fé que havia de ser curada. Ouvi-lhes as orações: Uma era indistinta, obscura, foi para baixo; a outra oração era misturada de luz ou de pontinhos que pareciam diamantes e ascendeu a Jesus e Ele a fez subir a Seu Pai qual suave incenso, e foi imediatamente mandado um raio de luz à aflita, e ela reviveu e fortaleceu-se sob sua influência. Disse o anjo: Deus ajuntará toda partícula de fé verdadeira, sincera; como diamantes serão elas reunidas em cima e trarão certamente uma retribuição ou resposta; e Deus separará o precioso do vil. Se bem que Ele suporte longamente o hipócrita e pecador, todavia este será examinado. Embora floresça com o honesto por um pouco como o loureiro verde, chegará todavia o tempo em que sua loucura será manifesta, e ele levado à confusão. -- Carta 2, 1851. Quando a restauração não será o melhor ME2 347 4 Sabemos de ocasiões em que o Senhor pôs no coração de Seu povo um caso da humanidade enferma e pôs dentro deles um anseio da alma, e eles oraram mui fervorosamente pelo restabelecimento e julgaram ter direito a reclamar a promessa, e no entanto o doente morreu. O Senhor, que vê o fim desde o princípio, compreendeu que, usasse Ele Seu poder para curar, a vontade divina seria mal compreendida. ME2 348 1 Por vezes a restauração não seria o melhor, quer para os amigos quer para a igreja, mas traria em resultado um impetuoso entusiasmo e fanatismo, levando alguns à conclusão de que o impulso é o fundamento de nossa fé. O único modo seguro é seguir a Palavra escrita. Depois de haverdes feito tudo que puderdes pelo doente, ponde o caso nas mãos do Senhor. Pode ser que a morte seja para glória Sua. O Senhor permite que morram alguns que arrastaram por meses e anos uma existência de enfermidade. Ele vê por bem dar o descanso a Seus aflitos. -- Manuscrito 67, 1899. ------------------------Capítulo 44 -- O perigo da hipnose Advertência a médicos que empregam métodos hipnóticos ME2 349 1 Irmão e irmã N, rogo-vos em nome do Senhor que vos lembreis que, a menos que se mudem vossos sentimentos relativamente à ciência da cura da mente, a menos que ambos compreendais que vos encontrais em decidida necessidade de que vossa mente seja convertida e transformada, sereis pedras de tropeço -- lamentáveis espetáculos aos anjos e aos homens. ME2 349 2 A verdade não tem tido senão pequena influência sobre vós. É perigoso para quem quer que seja, não importa quão bom homem seja ele, esforçar-se por influenciar outra mente humana para ficar sob o controle de sua própria mente. Permiti-me dizer-vos que a cura mental é uma ciência satânica. Já fostes bastante longe nisso para pôr seriamente em risco vossa experiência futura. Desde o princípio de sua entrada em vossa mente até agora, tem sido uma excrescência demasiado daninha. A menos que possais ver que Satanás é a mente-mestra que inventou esta ciência, não será tão fácil como supondes separar-vos dela, raiz e ramo. Toda a filosofia dessa ciência é uma obra-prima de engano satânico. Por amor de vossa alma, libertai-vos de tudo que seja dessa espécie. Toda vez que pondes na mente de outra pessoa idéias quanto a esta ciência, para adquirirdes domínio de sua mente, encontrais-vos em terreno de Satanás, cooperando decididamente com ele. Por amor de vossa alma, rompei com esse laço do inimigo. ME2 350 1 Nenhum de vós deve estudar a ciência em que tendes estado interessados. Estudá-la é apanhar o fruto da árvore da ciência do bem e do mal. Deus vos livre, a vós e a qualquer outro mortal de aprender ou ensinar tal ciência. O fato de estardes tendo qualquer contato com essa ciência, só por si seria suficiente para vos mostrar, irmão N, a incoerência de serdes o diretor médico do sanatório. ... ME2 350 2 Lidando com a ciência da cura da mente, tendes estado a comer da árvore da ciência do bem e do mal, na qual Deus vos proibiu tocar. É mais que tempo de começardes a olhar a Jesus, e, pela contemplação de Seu caráter, transformar-vos à semelhança divina. ME2 350 3 Separai de vós tudo quanto tenha sabor de hipnotismo, a ciência pela qual os instrumentos satânicos operam. -- Carta 20, 1902. Conselho acerca da publicação de livros de hipnotismo ME2 350 4 [Por um período de anos, no esforço de utilizar proveitosamente o aparelhamento de nossas casas editoras -- adquirido para impressão da mensagem -- foi aceita certa quantidade de trabalho comercial. Veio o tempo em que, entre outros artigos, foi aceito um exemplar de caráter prejudicial, para publicação. É feita referência a esse triste incidente em Testimonies for the Church 7:164-168, e na matéria que segue, tratando da publicação de literatura de hipnose. -- Compiladores] ME2 350 5 Hão de seus gerentes ser agentes de Satanás mediante a publicação de livros que tratam de assunto de hipnotismo? Há de essa lepra ser introduzida no escritório?... Satanás e seus instrumentos têm estado e estão trabalhando diligentemente. Dará Deus Sua bênção às casas publicadoras se elas aceitarem os enganos do inimigo? Hão de as instituições que têm sido conservadas perante o povo como santas ao Senhor, se tornarem escolas em que os obreiros comem do fruto da proibida árvore da ciência? Animaremos Satanás em sua insidiosa entrada na cidadela da verdade para depositar sua ciência infernal, como ele fez no Éden? São os homens que se encontram no centro da obra homens incapazes de distinguir entre a verdade e o erro? São eles homens que não podem ver as terríveis conseqüências de prestar influência ao erro? ME2 351 1 Caso ganhásseis milhões de dólares por trabalho dessa espécie, que valor teria esse lucro quando comparado com a terrível perda em que se incorre por dar publicidade às mentiras de Satanás, tornando possível o mundo dizer que foram publicados livros contendo erros na casa editora adventista do sétimo dia, para serem largamente disseminados na Terra? ME2 351 2 Despertai, e compreendei que vossos prelos têm publicado as mentiras do diabo. Procedam os homens que conhecem a verdade como homens sábios, pondo toda a força de sua influência ao lado da verdade e da justiça. -- Carta 140, 1901. (Dirigida aos gerentes de nossas casas publicadoras, em 16 de Outubro de 1901). Ciências relativas à mente ME2 351 3 Nestes dias em que tantas vezes o ceticismo e a descrença se apresentam com roupagens científicas, precisamos guardar-nos de todo lado. Por esse meio nosso grande adversário está enganando a milhares, e levando-os cativos segundo a sua vontade. Tremenda é a vantagem que ele tira das ciências -- ciências relativas à mente humana. Aí ele, à semelhança da serpente, insinua-se imperceptivelmente para corromper a obra de Deus. ME2 351 4 Essa penetração de Satanás mediante as ciências é bem planejada. Por meio da frenologia, da psicologia e do mesmerismo, ele vem mais diretamente ao povo desta geração, e opera com aquele poder que lhe deve caracterizar os esforços, perto do encerramento do tempo de graça. A mente de milhares tem sido assim envenenada, e conduzida à descrença. Enquanto se crê que uma mente humana afeta tão maravilhosamente outra, Satanás, que está pronto a aproveitar-se de toda vantagem, insinua-se e opera à direita e à esquerda. E ao passo que os que são devotados a essas ciências louvam-nas até às nuvens por causa das grandes e boas obras que afirmam serem operadas por elas, mal sabem eles que poder para o mal estão nutrindo; é, no entanto, um poder que ainda operará com todos os sinais e prodígios de mentira -- com todo o engano da injustiça. Notai a influência dessas ciências, querido leitor, pois o conflito entre Cristo e Satanás ainda não terminou. ... ME2 352 1 A negligência da oração leva os homens a confiar em sua própria força, e abre a porta à tentação. Em muitos casos a imaginação é cativada por pesquisas científicas, e os homens se lisonjeiam mediante a consciência de suas próprias faculdades. As ciências que tratam da mente humana são muito exaltadas. Elas são boas em seu devido lugar; mas Satanás delas se apodera como poderosos instrumentos seus para enganar e destruir as almas. Suas artes são aceitas como vindas do Céu, e ele recebe assim o culto que lhe convém. O mundo, que se julga ser tão beneficiado pela frenologia e o magnetismo animal, nunca foi tão corrupto como agora. Por meio dessas ciências é destruída a virtude, e são lançadas as bases do espiritismo. -- The Signs of the Times, 6 de Novembro de 1884. Como ser preservado de influências enganadoras ME2 352 2 Satanás encontra muitas vezes poderoso instrumento para o mal no poder que uma mente humana é capaz de exercer sobre outra. Esta influência é tão sedutora que a pessoa que está sendo moldada por ela fica a miúdo inconsciente de seu poder. Deus me ordenou que falasse advertindo contra este mal, para que Seus servos não venham a cair sob o enganoso poder de Satanás. O inimigo é obreiro mestre, e se o povo de Deus não for constantemente guiado pelo Espírito de Deus, serão enredados e presos. ME2 352 3 Por milhares de anos Satanás tem estado fazendo experiências sobre as propriedades da mente humana, e tem aprendido a conhecê-la bem. Mediante sua obra sutil nestes últimos dias, está ligando a mente humana com a sua própria, imbuindo-a de seus próprios pensamentos; e ele está fazendo esta obra de maneira tão enganadora, que os que lhe aceitam a direção não sabem que estão sendo conduzidos por ele segundo lhe apraz. O grande enganador espera confundir a mente de homens e mulheres de tal maneira que nenhuma outra voz senão a sua seja ouvida. ME2 353 1 Quando Cristo revelou a Pedro o tempo de prova e sofrimento que estava diante dEle, e Pedro replicou: "Senhor, tem compaixão de Ti; de modo nenhum Te sucederá isso" (Mateus 16:22), o Salvador ordenou: "Para trás de Mim, Satanás." Mateus 16:23. Satanás estava falando por intermédio de Pedro, fazendo-o desempenhar a parte do tentador. A presença dele não era suspeitada por Pedro, mas Cristo pôde perceber a presença do enganador, e em sua repreensão a Pedro dirigiu-se ao verdadeiro inimigo. ME2 353 2 Uma ocasião, falando aos doze, e referindo-Se a Judas, Cristo declarou: "Um de vós é um diabo." João 6:70. Muitas vezes nos dias de Seu ministério terrestre, o Salvador enfrentou Seu adversário em forma humana, quando Satanás, como um espírito imundo tomava posse de homens. Ele toma posse de mentes humanas em nossos dias. Em meus labores na causa de Deus, tenho repetidamente enfrentado aqueles que estavam assim possessos, e em nome do Senhor tenho repreendido o espírito mau. ME2 353 3 Não é pela força que Satanás toma posse da mente humana. Enquanto os homens dormem, o inimigo semeia o joio na igreja. Enquanto os homens se encontram espiritualmente adormecidos, o inimigo realiza sua obra de iniquidade. É quando seu súdito não entende (Mateus 13:19) que ele arrebata a boa semente semeada no coração. Quando homens e mulheres se encontram neste estado, quando sua vida espiritual não está sendo continuamente alimentada pelo Espírito de Deus, Satanás pode incutir-lhes seu espírito, e levá-los a fazer as suas obras. ... ME2 353 4 Rogo que seja afastada de nossa vida toda ação que não é aprovada por Deus. Abeiramo-nos do término da história terrestre; a batalha torna-se dia a dia mais renhida. -- Carta 244, 1907. ------------------------Capítulo 45 -- Convite para a vida no campo ME2 354 1 Não pude dormir depois das duas horas, esta manhã. Durante o período noturno estive em concílio. Estive insistindo com algumas famílias para que se aproveitassem dos meios designados por Deus e saíssem das cidades para salvar seus filhos. Alguns eram negligentes, não envidando decididos esforços. ME2 354 2 Os anjos da misericórdia apressaram Ló, sua esposa e filhas tomando-os pela mão. Houvesse Ló se apressado como o Senhor desejava que fizesse, e sua esposa não se teria transformado numa estátua de sal. Ló tinha espírito demasiadamente vagaroso. Não nos assemelhemos a ele. A mesma voz que advertiu a Ló de que devia abandonar Sodoma, ordena-nos: "Saí do meio deles, e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo." 2 Coríntios 6:17. Os que obedecem a esta advertência encontrarão um refúgio. Esteja cada homem bem desperto por si mesmo e procure salvar sua família. Cinja-se para o trabalho. Deus revelará ponto por ponto qual deve ser a próxima coisa a fazer. ME2 354 3 Ouvi a voz de Deus por meio do apóstolo Paulo: "Operai a vossa salvação com temor e tremor. Porque é Deus O que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. Ló palmilhou a planície com passos mal dispostos e tardos. Por tanto tempo se havia associado com malfeitores que não podia ver seu perigo até que a esposa ficou para sempre na planície como uma estátua de sal. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900. ME2 355 1 Não mais sejam os filhos expostos às tentações das cidades maduras para a destruição. Tem-nos o Senhor enviado advertência e conselho para que saiamos das cidades. Então, não façamos mais investimentos nas cidades. Pais e mães, como apreciais a alma de vossos filhos? Estais preparando os membros de vossas famílias para a trasladação para as cortes celestiais? Vós os estais preparando para se tornarem membros da família real? filhos do Rei celestial? "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" Marcos 8:36. Como se compararão o comodismo, o conforto e a conveniência com o valor da alma de vossos filhos? -- Manuscrito 76, 1905. O refúgio de lugares no campo ME2 355 2 Compreendam os pais que o preparo dos filhos é uma obra importante na salvação de almas. Em lugares campestres encontrar-se-á exercício abundante e útil ao fazerem-se as coisas que precisam ser feitas, e que darão saúde física por desenvolverem os nervos e os músculos. "Saí das cidades", é minha mensagem para a educação de nossos filhos. ME2 355 3 Deus deu aos nossos primeiros pais os meios da verdadeira educação, quando lhes ensinou o cultivo do solo e a cuidar de seu lar no jardim. Depois da entrada do pecado, pela desobediência às ordens do Senhor, a obra de cultivo do solo que devia ser feita foi grandemente multiplicada, pois a terra, devido à maldição, produziu espinhos e cardos. Mas o trabalho em si mesmo não foi dado por causa do pecado. O grande Mestre abençoou, Ele mesmo, a obra de cultivo do solo. ME2 355 4 É o propósito de Satanás atrair os homens e mulheres para as cidades, e para alcançar seu objetivo, inventa toda sorte de novidades e divertimentos, toda espécie de excitação. E as cidades da Terra, hoje, vão-se tomando como as cidades de antes do dilúvio. ... ME2 355 5 Quem será advertido? Outra vez dizemos: "Saí das cidades." Não considereis uma grande privação, terdes de ir para as colinas e montanhas, mas buscai esse retiro, onde podereis estar sozinhos com Deus, para aprender Sua vontade e Seu caminho. ... ME2 356 1 Insisto com nosso povo para tornar o trabalho de sua vida procurar a espiritualidade. Cristo está à porta. Por este motivo é que digo ao nosso povo: "Não considereis uma privação serdes convidados a abandonar as cidades e mudar-vos para zonas rurais. Aí, ricas bênçãos aguardam aos que delas se quiserem apoderar. Contemplando as cenas da Natureza, as obras do Criador, estudando as obras das mãos de Deus, imperceptivelmente sereis transformados à mesma imagem." -- Manuscrito 85, 1908. Não espereis milagres para desfazer os resultados de um rumo errado ME2 356 2 Olho para estas flores, e cada vez que as vejo penso no Éden. São uma expressão do amor de Deus por nós. Assim nos dá Ele, neste mundo, um pequenino sabor do Éden. Quer que nos deleitemos nas belas coisas de Sua criação, e que nelas vejamos uma expressão do que Ele deseja fazer em nosso favor. ME2 356 3 Ele quer que vivamos num lugar em que possamos ter bastante largueza. Seu povo não se deve apinhar nas cidades. Quer que eles tirem sua família das cidades, para que melhor se possam preparar para a vida eterna. Dentro em breve terão de abandonar as cidades. ME2 356 4 Essas cidades estão repletas de toda espécie de iniqüidade -- com greves e assassínios e suicídios. Satanás nelas está, controlando os homens em sua obra de destruição. Sob sua influência, matam pelo gosto de matar, e isso farão cada vez mais. ... ME2 356 5 Se nós mesmos nos colocamos sob influências objetáveis, poderemos esperar que Deus opere um milagre para desfazer os resultados de nossa atitude errada? De maneira nenhuma. Saí das cidades o mais depressa possível, e comprai um pequeno trato de terra, onde possais ter um jardim, em que vossos filhos possam ver as flores crescerem e delas aprenderem lições de simplicidade e pureza. -- The General Conference Bulletin, 30 de Março de 1903. Localização rural das instituições ME2 357 1 Ainda está sendo dada a instrução: "Mudai-vos das cidades. Estabelecei vossos sanatórios, escolas e escritórios longe dos centros populosos." Muitos, agora, suplicarão que lhes seja permitido permanecer nas cidades, mas breve virá o dia em que todos os que desejam evitar cenas e sons malignos se mudarão para o campo, pois a impiedade e a corrupção crescerão a tal ponto que a própria atmosfera das cidades parecerá poluída. -- Carta 26, 1907. ME2 357 2 Deus nos tem enviado uma advertência após outra de que nossas escolas, casas publicadoras e sanatórios devem ser estabelecidos fora da cidade, em lugares em que à juventude possa ser ensinado com maior eficiência o que é a verdade. Ninguém tente usar os Testemunhos para vindicar o estabelecimento de grandes interesses comerciais nas cidades. Não torneis sem efeito a luz dada sobre esse assunto. ME2 357 3 Levantar-se-ão homens falando coisas perversas, para impedir os próprios movimentos que o Senhor está levando Seus servos a fazerem. Mas já é tempo de os homens e mulheres raciocinarem da causa para o efeito. É tarde, tarde demais para estabelecer grandes firmas comerciais nas cidades -- tarde demais para chamar moços e moças do campo para a cidade. Estão-se criando, nas cidades, certas condições que tornarão muito difícil aos que são da nossa fé, nelas permanecerem. Seria, portanto, um grande erro investir dinheiro no estabelecimento de interesses comerciais nas cidades. -- Manuscrito 76, 1905. Trabalhar nas cidades partindo dos postos avançados ME2 357 4 Tanto quanto possível, devem nossas instituições localizar-se fora das cidades. Devemos ter obreiros para essas instituições, e se elas estiverem localizadas na cidade, vem isso significar que famílias de nosso povo devem fixar-se perto delas. Mas não é a vontade de Deus que Seu povo fixe residência nas cidades, onde há constante agitação e confusão. Deveriam poupar a seus filhos tal coisa; pois todo organismo é prejudicado pela correria, precipitação e barulho. O Senhor deseja que Seu povo se mude para o campo, onde se poderá estabelecer na terra, cultivar suas próprias frutas e verduras, e onde os filhos poderão estar em contato direto com as obras de Deus na Natureza. Minha mensagem é: Tirai vossas famílias das cidades. ME2 358 1 Quer os homens ouçam quer não, a verdade deve ser dita. As cidades estão cheias de tentação. Devemos planejar nosso trabalho de tal maneira que conservemos nossos jovens o mais longe possível dessa contaminação. ME2 358 2 Deve-se fazer o trabalho nas cidades partindo dos postos avançados. Disse o mensageiro de Deus: "Não serão advertidas as cidades? Sim; não por o povo de Deus nelas morar, mas por visitá-las, para adverti-las do que está para sobrevir à Terra." -- Carta 182, 1902. Nas cidades, as igrejas, mas não as instituições ME2 358 3 Repetidamente nos vem o Senhor instruindo que devemos fazer o trabalho nas cidades partindo de centros da periferia. Nessas cidades, devemos ter casas de culto, como memoriais de Deus, mas as instituições para a publicação de nossa literatura, para a cura dos enfermos e para o preparo de obreiros, devem ser estabelecidas fora das cidades. É, especialmente, importante que nossos jovens sejam protegidos das tentações da vida citadina. ME2 358 4 Está em harmonia com esta instrução, terem as casas de culto sido compradas e rededicadas em Washington e em Nashville, enquanto as casas publicadoras e os sanatórios desses centros se têm estabelecido fora do coração congestionado das cidades, como postos avançados. É esse o plano que se tem seguido na remoção de outras casas publicadoras e sanatórios para o campo, e que agora está sendo seguido na Grã-Bretanha com relação à casa publicadora de Londres e também à escola de preparo dali. É-nos dada, agora, a oportunidade de avançar nas ampliadoras providências divinas, ajudando aos irmãos desses e de muitos outros centros importantes a estabelecerem a obra em base firme, a fim de que esta possa ser levada avante solidamente. -- Special Testimonies, Série B, 8:7, 8 (1907). ME2 359 1 Devemos ser prudentes como as serpentes e símplices como as pombas em nossos esforços para conseguir propriedades rurais a baixo custo, e desses centros afastados devemos sair para fazer o trabalho nas cidades. -- Idem, 14:7 (1902). Preparando-se para a crise da lei dominical ME2 359 2 Não nos devemos colocar onde sejamos forçados a estar em íntima relação com os que não honram a Deus. ... Brevemente virá uma crise quanto à observância do domingo. ... ME2 359 3 O grupo dominical está se fortalecendo em suas falsas pretensões, e isso significará opressão aos que decidem observar o sábado do Senhor. Devemos colocar-nos onde possamos observar o mandamento do sábado na sua plenitude. "Seis dias trabalharás", declara o Senhor, "e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra." Êxodo 20:9, 10. E devemos ter o cuidado de não nos colocarmos no lugar em que se torne difícil a nós e nossos filhos guardarmos o sábado. ME2 359 4 Se, pela providência divina, pudermos conseguir um lugar distante das cidades, o Senhor quer que o façamos. Tempos trabalhosos estão diante de nós. -- Manuscrito 99, 1908. ME2 359 5 Sempre que o poder de que os reis estão investidos se alia à bondade, é porque aquele que está em responsabilidade está sob as ordens divinas. Quando o poder se alia à impiedade, alia-se a instrumentos satânicos, e trabalhará para destruir os que são a propriedade do Senhor. O mundo protestante erigiu um sábado idólatra no lugar em que devia estar o sábado do Senhor, e está andando nas pisadas do Papado. Por essa razão, vejo a necessidade de o povo de Deus se mudar das cidades para regiões retiradas [lugares], onde possam cultivar a terra e produzir sua própria provisão. Assim poderão criar os filhos com hábitos simples e salutares. Vejo a necessidade de se apressarem para terem todas as coisas prontas para a crise. -- Carta 90, 1897. ------------------------Capítulo 46 -- Guiado pela providência divina ME2 360 1 É chegado o tempo em que, conforme Deus abra o caminho, devem as famílias mudar-se para fora das cidades. Os filhos devem ser levados para o campo. Devem os pais procurar um lugar apropriado, segundo lho permitam os recursos. Embora a casa seja pequena, deve, contudo, haver um pedaço de terra ligado com ela, que possa ser cultivado. -- Manuscrito 50, 1903. ME2 360 2 Os pais podem adquirir pequenas propriedades no campo, com terras para cultivo, onde podem ter pomares e cultivar hortaliças e pequenos frutos que tomem o lugar da carne, que é tão corruptora ao fluido vital que corre através das veias. Em tais lugares os filhos não estarão rodeados das corruptoras influências da vida da cidade. Deus ajudará o Seu povo a encontrar lares como estes fora das cidades. -- Medicina e Salvação, 310 (1902). ME2 360 3 Conforme o tempo avança, cada vez mais terá nosso povo de sair das cidades. Durante anos temos recebido a instrução de que nossos irmãos e irmãs, e especialmente as famílias que têm filhos, devem fazer planos para abandonar as cidades, conforme diante deles se abra o caminho para fazê-lo. Muitos terão de trabalhar com empenho para ajudar a abrir o caminho. Mas até que seja possível saírem, durante todo o tempo que ali permanecerem, devem ser muito ativos em fazer trabalho missionário, por mais limitada que seja a sua esfera de influência. -- The Review and Herald, 27 de Setembro de 1906. Conselhos e admoestações para os que pretendem sair das cidades ME2 361 1 Vossa carta me diz, meu irmão, que há muitas pessoas que estão profundamente excitadas no sentido de se mudarem de Battle Creek. Há necessidade, grande necessidade de esse trabalho ser feito, e agora. Aqueles que têm sentido, finalmente, que se devem mudar, não o façam à pressa, com excitação, de maneira precipitada, ou de um modo em que, no futuro, se tenham de arrepender profundamente de se haverem mudado. ... ME2 361 2 Cuidai de que não haja movimentos precipitados, em atenção ao conselho de se mudarem de Battle Creek. Não façais coisa alguma sem buscar sabedoria de Deus, que promete dar liberalmente a todo aquele que a pede, e o não lança em rosto. Tudo o que qualquer pessoa pode fazer é advertir e aconselhar, e então deixar os que estão convictos quanto ao dever mudarem-se sob a direção divina, de coração totalmente disposto a aprender e a obedecer a Deus. ME2 361 3 Fico perturbada, quando considero que até pode haver alguns de nossos professores que necessitem ser mais equilibrados e de são juízo. Aos mensageiros que levam a mensagem de misericórdia ao nosso mundo, e em quem o povo confia, serão feitos apelos pedindo conselho. Grande cuidado devem ter esses homens que não têm uma genuína experiência na vida prática, e que correm o perigo de dar conselhos sem saber o que esses conselhos poderão levar outros a fazer. ME2 361 4 Certos homens podem ver claramente as questões, tendo habilidade em aconselhar. Isso é um dom de Deus. Nos momentos em que a causa de Deus necessita de uma palavra, de maneira correta, solene e sólida, podem eles falar palavras que levam mentes perplexas e em trevas a verem como em um rápido lampejo de luz do Sol o rumo que devem seguir, [a solução do problema] que os enchera de perplexidade e lhes confundira a mente, num estudo que levara semanas e meses. Há um esclarecimento, um aclaramento do caminho que diante deles está, e o Senhor deixa a Sua luz penetrar e eles vêem que suas orações são respondidas, que seu caminho se torna claro. Mas pode ser dado algum conselho precipitado: tão-somente saí de Battle Creek; nada havendo, não obstante, claramente definido quanto à melhora obtida no progresso espiritual, para si ou para os outros, ao assim fazer. Considerai cuidadosamente cada mudança ME2 362 1 Cada qual tome tempo para considerar cuidadosamente e não ser como o homem da parábola que começou a edificar e não pôde terminar. Nenhuma mudança se deve fazer sem que tal passo e tudo o que ele implica sejam cuidadosamente considerados -- tudo pesado. ... Ao todo homem é dada sua obra segundo a sua variada aptidão. Então, não se mude ele hesitantemente, mas com firmeza, no entanto confiando humildemente em Deus. ME2 362 2 Pode haver indivíduos que agem precipitadamente, e entram em algum negócio de que nada sabem. Deus não exige tal coisa. Pensai com simplicidade, com oração, estudando a Palavra com todo o cuidado e devoção, tendo o espírito e o coração despertos para ouvir a voz de Deus. ... É uma grande coisa conhecer a vontade de Deus. ... ME2 362 3 Dirijo algumas palavras à igreja de Battle Creek, para que se mudem segundo o conselho de Deus. Há necessidade de vos mudardes -- muitos dos de Battle Creek -- e também é necessário que tenhais planos bem definidos quanto ao que haveis de fazer quando sairdes de Battle Creek. Não saiais à pressa, sem saberdes o que estais fazendo. ... Quem nos dera generais, homens sábios e prudentes, bem equilibrados, que sejam sábios conselheiros, que tenham algum conhecimento íntimo da natureza humana, que saibam dirigir e aconselhar no temor de Deus! Há perigo em cada nova experiência ME2 362 4 Vi que há perigo em cada novo aspecto de experiência na igreja, porque alguns ouvem coisas com um espírito tão forte. Embora alguns professores sejam fortes e eficientes no ensino, no ramo das doutrinas bíblicas, nem todos eles são homens que têm conhecimento da vida prática, e possam aconselhar as mentes perplexas com certeza e segurança. Não discernem a situação embaraçosa que certamente sobrevirá a cada família que faça uma mudança. Portanto, sejam todos cuidadosos quanto ao que dizem; se não sabem qual é a vontade de Deus em algum assunto, nunca falem usando um eu penso, assim suponho. Se não sabem uma coisa definida, digam-no, e deixem a pessoa fiar-se inteiramente em Deus. Façam-se muitas orações, até mesmo com jejum, para que ninguém ande em trevas, mas na luz, como Deus está na luz. ... ME2 363 1 Nada se faça de maneira desordenada, para que não haja grande perda ou sacrifício de propriedade, devido a discursos ardentes e impulsivos que despertam um entusiasmo que não é segundo a vontade de Deus; para que, por falta de equilibrada moderação, e devida contemplação, e de sadios princípios e propósitos, uma vitória que necessitava ser ganha se transforme em derrota. Haja sábia liderança nessa questão, e todos procedam sob a orientação de um Conselheiro sábio e invisível, que é Deus. Elementos humanos lutarão pelo domínio, e pode ser que se faça uma obra que não tenha a aprovação divina. Rogo, agora, a toda alma que não se volte tão vigorosa e confiadamente para os conselheiros humanos, mas busque mais fervorosamente a Deus, Aquele que é sábio em conselhos. Submetei todos os vossos caminhos e a vossa vontade aos caminhos e à vontade de Deus. ... O resultado das mudanças apressadas ME2 363 2 Caso algumas pessoas se mudem apressadamente, fugindo de Battle Creek, e sejam levadas ao desânimo, não trarão descrédito sobre si mesmas, mas sobre outras que elas acusarão de sobre elas terem exercido pressão. A culpa de toda a sua confusão e derrota é lançada sobre aqueles que de maneira alguma deveriam ser desacreditados. ... ME2 363 3 Agora, justamente agora, é o tempo em que os perigos dos últimos dias se estão avolumando ao nosso redor, e necessitamos de homens sábios como conselheiros, e não de homens que achem ser seu dever criar agitação e desordem, mas incapazes de dar conselhos oportunos ou fazer com que a agitação tire ordem da confusão, e descanso e paz da obediência à Palavra do Senhor. Que cada homem se encontre no seu devido lugar, para fazer algum trabalho em favor do Mestre, segundo a sua variada capacidade. ... ME2 364 1 Como se fará isso? "Tomai sobre vós o Meu jugo", disse Jesus Cristo que vos comprou com o Seu precioso sangue, e de quem sois servos e sois propriedade, "e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:29, 30. Se cada um for a Jesus com um espírito susceptível de ser ensinado, com coração contrito, então sua mente estará em condições de ser instruída, de aprender de Jesus e obedecer às Suas ordens. ... Ponde cada plano diante de Deus ME2 364 2 Não podemos ter, agora, uma fé fraca; não podemos estar seguros se mantivermos uma atitude desatenta, indolente, de inatividade. Deve-se usar cada partícula de habilidade e pensar de maneira aguda, calma e profunda. Na época atual, a sabedoria de qualquer instrumento humano não é suficiente para elaborar planos e fazer projetos. Apresentai cada plano a Deus com jejum, com humildade de alma diante do Senhor Jesus, e entregai vossos caminhos ao Senhor. A promessa segura é: Ele endireitará as tuas veredas. Seus recursos são infinitos. O Santo de Israel, que chama as hostes celestes pelo nome, e mantém as estrelas do céu na sua posição, Ele vos tem sob o Seu cuidado. ... ME2 364 3 Gostaria que todos pudessem reconhecer quantas possibilidades e probabilidades há para todos os que fazem de Cristo a sua suficiência e sua confiança. A vida que está escondida com Cristo em Deus sempre tem um refúgio; pode dizer: "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece." Filipenses 4:13. ME2 364 4 Deixo convosco esta questão; pois tenho estado preocupada e perturbada quanto aos perigos que assediam a todos os que estão em Battle Creek temendo que procedam imprudentemente e dêem vantagem ao inimigo. E isso não precisa acontecer, pois se andarmos humildemente com Deus, andaremos seguros. -- Carta 45, 1893. ------------------------Capítulo 47 -- Preparo para a crise final ME2 367 1 Irmãos e irmãs, apelo para vós como adventistas do sétimo dia, para serdes tudo quanto esse nome significa. Há risco de afastar-se do espírito da mensagem. ... ME2 367 2 O povo de Deus não deve ser guiado pelas opiniões ou práticas do mundo. Ouvi o que diz o Salvador a Seus discípulos: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece; mas vós O conheceis, porque habita convosco, e estará em vós." João 14:16, 17. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque O não conhece a Ele." 1 João 3:1. ME2 367 3 A Palavra de Deus declara positivamente que Sua lei será escarnecida, pisada pelo mundo; haverá extraordinário predomínio da iniqüidade. O professo mundo protestante formará uma confederação com o homem do pecado, e a igreja e o mundo estarão em corrupta harmonia. ME2 367 4 Eis que a grande crise vem sobre o mundo. As Escrituras ensinam que o papado deverá readquirir sua supremacia perdida, e que os fogos da perseguição serão reatados por meio das concessões oportunistas do chamado mundo protestante. Neste tempo de perigo só podemos subsistir na proporção em que temos a verdade e o poder de Deus. Os homens só podem conhecer a verdade sendo eles próprios participantes da natureza divina. Necessitamos agora de sabedoria mais que humana em ler e pesquisar as Escrituras; e se nos aproximarmos da Palavra de Deus em humildade de coração, Ele erguerá em nosso favor um estandarte contra os elementos sem lei. ME2 368 1 É difícil manter firme o princípio de nossa confiança até ao fim; e a dificuldade aumenta quando há influências ocultas em constante operação para introduzir outro espírito, um elemento que opera em sentido contrário, do lado satânico da questão. Na ausência da perseguição, têm penetrado em nossas fileiras alguns que parecem sensatos, inquestionável seu cristianismo, mas que, surgisse perseguição, sairiam de nós. Na crise, veriam força em raciocínios capciosos que têm tido certa influência em seu espírito. Satanás tem preparado vários ardis para chegar às diversas mentes. Quando a lei de Deus for anulada, Sua igreja será peneirada por provas terríveis, e uma proporção maior do que agora podemos prever, dará ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Em vez de serem fortalecidos quando levados a situações difíceis, muitos provam não ser varas vivas da Videira Verdadeira; não dão fruto, e o lavrador as tira. Os verdadeiramente obedientes não cairão ME2 368 2 Mas quando o mundo anular a lei de Deus, qual será o efeito sobre os que são verdadeiramente obedientes e justos? Serão eles levados pela forte corrente do mal? Porque tantos se enfileiram sob a bandeira do príncipe das trevas, hão de os que guardam os mandamentos de Deus apartar-se de sua fidelidade? Nunca! Nem um dos que permanecem em Cristo falhará ou cairá. Seus seguidores curvar-se-ão em obediência a uma autoridade superior à de qualquer potentado terrestre. Ao passo que o desprezo lançado sobre os mandamentos de Deus leva muitos a suprimir a verdade e mostrar por ela menos reverência, os fiéis hão de com maior zelo manter erguidas suas verdades distintivas. Não somos deixados a nossa própria direção. Devemos reconhecer a Deus em todos os nossos caminhos, e Ele dirigirá nossas veredas. Devemos consultar-Lhe a Palavra em humildade de coração, pedir-Lhe o conselho, e submeter nossa vontade à Sua. Nada podemos fazer sem Deus. ME2 369 1 Temos a mais alta razão para prezar Seu verdadeiro sábado e colocar-nos em sua defesa, pois ele é o sinal que distingue o povo de Deus do mundo. O mandamento que o mundo anula é aquele a que, por essa mesma razão, o povo de Deus dará maior honra. É quando o incrédulo lança desprezo sobre a Palavra de Deus que os fiéis Calebes são chamados. É então que eles permanecerão firmes no posto do dever, sem ostentação e sem se desviarem por causa do vitupério. Os espias incrédulos estavam prontos a destruir Calebe. Ele viu as pedras nas mãos daqueles que haviam levado um relatório falso, mas isto não o deteve; tinha uma mensagem, e havia de comunicá-la. O mesmo espírito será manifesto hoje por aqueles que são fiéis a Deus. ME2 369 2 Diz o salmista: "Eles têm quebrantado a Tua lei. Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino." Salmos 119:126, 127. Quando os homens se achegam para mais perto de Jesus, quando Cristo lhes habita no coração pela fé seu amor pelos mandamentos de Deus se torna mais forte à medida que o desprezo do mundo se amontoa sobre Seus santos preceitos. É a esse tempo que o verdadeiro sábado deve ser posto diante do povo tanto pela pena como pela palavra. Ao ser o quarto mandamento bem como os que o observam passados por alto e desprezados, sentem os fiéis que é tempo, não de ocultar sua fé, mas de exaltar a lei de Jeová, desfraldando a bandeira em que se acha inscrita a mensagem do terceiro anjo, os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Nenhuma concessão ao mistério da iniqüidade ME2 369 3 Não sancionem aqueles que possuem a verdade tal qual ela é em Jesus, sequer por seu silêncio, a obra do mistério da iniqüidade. Não cessem eles de fazer soar a nota de alarme. Sejam a educação e o preparo dos membros de nossas igrejas de molde a que as crianças e os jovens entre nós compreendam que não deve haver nenhuma concessão a esse poder, o homem do pecado. Ensinai-lhes que se bem que venha tempo em que só podemos travar a luta com risco de propriedade e liberdade, todavia o conflito deve ser enfrentado, no espírito e mansidão de Cristo; a verdade deve ser mantida e advogada tal como é em Jesus. Riqueza, honra, conforto, lar -- tudo o mais -- deve ser consideração secundária. A verdade não deve ser escondida, não deve ser negada ou disfarçada, mas plenamente confessada, e proclamada com ousadia. ME2 370 1 O Senhor tem fiéis atalaias nos muros de Sião para clamarem em alta voz e não pouparem, para erguerem sua voz como trombeta, e mostrar a Seu povo sua transgressão e à casa de Jacó os seus pecados. O Senhor permitiu ao inimigo da verdade fazer decidido esforço contra o sábado do quarto mandamento. É desígnio Seu despertar por esse meio interesse decidido naquela questão que é um teste para os últimos dias. Isto abrirá o caminho a que a terceira mensagem angélica seja proclamada com poder. ME2 370 2 Ninguém que acredite na verdade, fique agora em silêncio. Ninguém deve ser agora descuidoso; insistam todos em suas petições junto ao trono da graça, pleiteando a promessa: "Tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei." João 14:13. É um perigoso tempo este. Se esta terra de alardeada liberdade está-se preparando para sacrificar todo princípio que faz parte de sua Constituição, fazendo decretos para suprimir a liberdade religiosa, e impor a falsidade e o engano papais, então o povo de Deus precisa apresentar suas petições com fé ao Altíssimo. Há nas promessas de Deus toda animação para os que nEle põem sua confiança. A perspectiva de ser levado a perigo pessoal e aflição, não deve causar acabrunhamento, mas avivar o vigor e as esperanças do povo de Deus; pois o tempo de seu perigo é a ocasião para Deus lhes conceder mais claras manifestações de Seu poder. ME2 370 3 Não devemos ficar sentados em calma expectativa de opressão e tribulações, e cruzar as mãos, nada fazendo para conjurar o mal. Sejam nossos unidos clamores enviados ao Céu. Orai e trabalhai, e trabalhai e orai. Mas que ninguém proceda precipitadamente. Aprendei como nunca dantes que deveis ser mansos e humildes de coração. Importa não lançardes contra ninguém injuriosa acusação, seja a indivíduos, seja a igrejas. Aprendei a lidar com a mente das pessoas como Cristo fazia. É preciso por vezes dizer coisas severas; estai, porém, certos de que o Espírito Santo de Deus vos está no coração antes de proferirdes a positiva verdade; deixai-a então abrir seu caminho. Não deveis, vós, fazer o talho. Não se unir com o mundo ME2 371 1 Não deve haver transigência com os que anulam a lei de Deus. Não é seguro neles descansar como conselheiros. Nosso testemunho não deve ser menos decidido agora do que anteriormente; não devemos pôr uma capa em nossa posição real a fim de agradar os grandes homens do mundo. Eles podem desejar que nos unamos com eles e lhes aceitemos os planos, e talvez façam propostas quanto a nossa maneira de agir que dêem ao inimigo vantagem sobre nós. "Não chameis conjuração [confederação em outras versões] a tudo quanto este povo chama conjuração." Isaías 8:12. Conquanto não devamos buscar conflito e não devamos ofender desnecessariamente, cumpre-nos apresentar a verdade clara e decididamente, e ficar firmes ao que Deus nos ensinou em Sua Palavra. Não deveis olhar ao mundo para aprender o que escrevereis e publicareis ou o que falareis. Testifiquem todas as vossas palavras e obras: "Não... seguindo fábulas artificialmente compostas." 2 Pedro 1:16. "Temos mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro." 2 Pedro 1:19. ME2 371 2 Diz-nos o apóstolo Paulo: "Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela Sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação." 1 Coríntios 1:21. Isto foi o cumprimento do plano de Deus para convicção e conversão dos homens, que são constantemente tentados a exaltar as próprias faculdades. O Senhor tornaria manifesto se os homens, por sua própria e finita sabedoria, pudessem adquirir conhecimento da verdade, pudessem conhecer a Deus, seu Criador. Quando Cristo veio a nosso mundo, foi plenamente feita a experiência, e demonstrou-se não ser senão loucura a alardeada sabedoria dos homens. A sabedoria finita foi totalmente incapaz de chegar a conclusões acertadas quanto a Deus, e portanto, o homem era de todo incompetente para julgar Sua lei. O Senhor permitiu que as coisas chegassem em nossos dias a uma crise, na exaltação do erro sobre a verdade, para que Ele, o Deus de Israel, operasse poderosamente para maior exaltação de Sua verdade à proporção que o erro é exaltado. ME2 372 1 Olhos postos em Sua igreja, o Senhor tem repetidamente permitido que as coisas cheguem a uma crise para que, em sua extremidade, Seu povo esperasse exclusivamente em Seu auxílio. Suas orações, sua fé, juntamente com seu firme desígnio de ser fiel, têm chamado a interferência de Deus, e então Ele cumpriu Sua promessa: "Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-Me aqui." Isaías 58:9. Seu poderoso braço tem estado estendido para livramento de Seu povo. Deus reserva Suas benignas interposições em favor deles até o momento de sua extremidade; assim torna assinalado Seu livramento, e mais gloriosas Suas vitórias. Quando mais falha toda a sabedoria humana, mais claramente se reconhecerá a interferência do Senhor, e Ele receberá a glória que Lhe é devida. Os próprios inimigos de nossa fé, perseguidores, perceberão que Deus está operando por Seu povo, virando seu cativeiro. Oração, fé, confiança em Deus ME2 372 2 O que é necessário nesse nosso tempo de perigo, é oração fervorosa, misturada com fé sincera, confiança em Deus quando Satanás lança a própria sombra sobre o povo de Deus. Conserve cada um em mente que Deus Se deleita em escutar as súplicas de Seu povo; pois a iniqüidade dominante clama por mais fervente oração, e Deus prometeu que vingará Seus eleitos, que a Ele clamam dia e noite, se bem que tardio para com eles. ME2 372 3 Os homens inclinam-se a abusar da longanimidade de Deus, e presumir de Sua paciência. Há, porém, um ponto na iniqüidade humana em que é tempo de que Ele interfira; e terríveis são os resultados. "O Senhor é tardio em irar-Se, mas grande em força, e ao culpado não tem por inocente." Naum 1:3. Maravilhosa é a longanimidade de Deus, porque Ele reprime Seus próprios atributos; mas a punição é todavia certa. Cada século de desregramento tem entesourado ira contra o dia da ira; e quando chegar o tempo, e for plena a iniqüidade, então Deus fará Sua estranha obra. Verificar-se-á ser coisa terrível haver esgotado a paciência divina; pois a ira de Deus cairá tão marcada e fortemente que é representada como sem mistura de misericórdia; e a própria Terra será desolada. É ao tempo da apostasia nacional, quando, agindo segundo os métodos de Satanás, os governantes da Terra se enfileirarem ao lado do homem do pecado -- é então que a medida da culpa se encherá; a apostasia nacional é o sinal para a ruína da nação. ME2 373 1 Deus lançou Seu povo na brecha a fim de edificar as antigas ruínas, levantar os fundamentos de muitas gerações. Os seres celestes, anjos magníficos em poder, estão à espera, obedientes a Sua ordem, para se unirem com os instrumentos humanos; e o Senhor Se interporá quando as coisas houverem chegado a tal ponto que coisa alguma senão o poder divino poderá frustrar os agentes satânicos em operação. Quando Seu povo estiver no maior perigo, aparentemente incapaz de resistir ao poder de Satanás, Deus operará em seu favor. As situações extremas do homem são a oportunidade de Deus. ME2 373 2 É agora o tempo em que os leais e fiéis se devem levantar e resplandecer; pois a glória do Senhor se levanta sobre eles. Não é tempo, agora, de esconder nossa bandeira, não é tempo de tornar-nos traidores quando a batalha aperta renhida, não é tempo de depor nossas armas de guerra. Os atalaias nos muros de Sião devem estar de todo alerta. ME2 373 3 Sinto-me tão grata a esse tempo por podermos desviar a mente das dificuldades que nos rodeiam, e da opressão que há de sobrevir ao povo de Deus, e podermos olhar ao Céu de luz e poder! Caso nos ponhamos ao lado de Deus, de Cristo e dos seres celestiais, o vasto escudo da Onipotência se encontrará sobre nós, o poderoso Deus de Israel será nosso ajudador, e não precisamos temer. Aqueles que tocam no povo de Deus, tocam na menina de Seus olhos. ... ME2 374 1 Irmãos, levareis convosco o espírito de Cristo ao voltardes para vosso lar e igreja? Haveis de abandonar a incredulidade e a crítica? Avizinhamo-nos de um tempo em que, mais que nunca, precisamos unir-nos, juntos trabalhar. Há força na união. Na discórdia e desunião só há fraqueza. Nunca foi desígnio de Deus que um homem, ou quatro, ou vinte, tomassem nas mãos uma obra importante, e levassem-na avante independentemente dos outros obreiros na causa. Deus quer que Seu povo se aconselhe junto, para ser uma igreja unida, um todo perfeito em Cristo. Para nós a única segurança é entrar nos conselhos do Céu, buscando sempre fazer a vontade de Deus, tornar-nos colaboradores Seus. Nenhum grupo deve formar uma sociedade e dizer: "Vamos tomar este trabalho, e levá-lo avante à nossa maneira; e caso ele não vá como queremos que vá, não daremos nossa influência para que ele vá, absolutamente." Isto é a voz de Satanás, não a de Deus. Não sigais tais sugestões. ME2 374 2 O que carecemos é o espírito de Jesus. Quando o possuímos, amar-nos-emos uns aos outros. Eis as credenciais que devemos apresentar: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." João 13:35. ... Uni-vos! uni-vos! ME2 374 3 Vamos procurar ter diariamente o coração unido pelos laços do amor. "Tenho porém, contra ti", diz a Testemunha Fiel, "que deixaste a tua primeira caridade." Apocalipse 2:4. E Ele diz: "Se não te arrependeres", "brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal." Apocalipse 2:5. Por quê? -- Porque em nossa separação uns dos outros estamos separados de Cristo. Precisamos unir-nos. Oh! quantas vezes, quando me tem parecido estar na presença de Deus e dos santos anjos, tenho ouvido a voz do anjo dizendo: "Uni-vos, uni-vos, uni-vos. Não deixeis Satanás lançar sua sombra infernal entre irmãos. Uni-vos; há força na união." ME2 374 4 Repito-vos a mensagem. Ao irdes para casa, estai decididos a unir-vos; buscai a Deus de todo o coração, e encontrá-Lo-eis, e o amor de Cristo, que excede a todo entendimento, virá a vosso coração e a vossa vida. -- The General Conference Daily Bulletin, 13 de Abril de 1891. A crise da lei dominical ME2 375 1 Durante a noite parecia-me estar enumerando mentalmente as provas que temos para fundamentar a fé que mantemos. Vemos que os sedutores estão indo de mal para pior. Vemos o mundo trabalhando no sentido de estabelecer por lei um falso sábado, e torná-lo uma prova para todos. Esta questão nos enfrentará em breve. O sábado de Deus será calcado a pés, e um sábado espúrio será exaltado. Numa lei dominical há possibilidade de grande sofrimento para os que observam o sétimo dia. A execução do plano de Satanás trará perseguição ao povo de Deus. Os Seus servos fiéis, porém, não necessitam temer o resultado do conflito. Caso sigam o modelo posto diante deles na vida de Cristo, se forem fiéis às reivindicações do Senhor, sua recompensa será a vida eterna, uma vida que se prolongará paralela à existência de Deus. ME2 375 2 A este tempo uma obra muito decidida na edificação do caráter devia estar em andamento entre nosso povo. Devemos desenvolver perante o mundo os característicos do Salvador. Impossível é agradar a Deus sem o exercício da fé genuína, santificadora. Somos individualmente responsáveis por nossa fé. A verdadeira fé não é daquelas que falhará sob a prova e a provação; é o dom de Deus a Seu povo. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1909. ME2 375 3 Se jamais necessitamos de manifestar bondade e genuína cortesia, é agora. Talvez tenhamos de pleitear mui diligentemente com os conselhos legislativos pelo direito de adorar a Deus segundo os ditames da consciência. Assim designou Deus em Sua providência que as reivindicações de Sua lei sejam levadas perante homens em posições de mais alta autoridade. Ao nos encontrarmos, porém, em presença desses homens, não devemos manifestar sentimentos amargos. Devemos orar constantemente por auxílio divino. Unicamente Deus é que pode segurar os quatro ventos até que Seus servos estejam selados na fronte. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1904. ------------------------Capítulo 48 -- É necessária uma obra de purificação ME2 376 0 Basiléia, Suíça, 8 de Dezembro de 1886. ME2 376 1 Prezados Irmãos [G. I.] Butler e [N. S.] Haskell: Por semanas não me tem sido possível dormir depois de três e meia da madrugada. Minha mente se encontra profundamente preocupada quanto a nossa condição como um povo. Devemos estar muito na dianteira de qualquer outro povo da Terra, pois temos mais luz e conhecimento quanto à verdade, o que nos coloca em maior responsabilidade de promover essa luz e não somente professar crer a verdade, mas praticá-la. Quando assim fazemos, estamos seguindo a Jesus, que é a luz do mundo; e se nós, como um povo não nos estamos continuamente elevando, tornando-nos mais e mais espirituais, estamos nos tornando como os fariseus -- confiantes na própria justiça -- ao passo que não fazemos a vontade de Deus. ME2 376 2 Importa que estejamos mais perto de Deus. Importa introduzirmos muito menos de nós e muito mais de Jesus Cristo e Sua graça em nossa vida diária. Vivemos em importante período da história deste mundo. Acha-se às portas o fim de todas as coisas; as areias do tempo estão-se esgotando rapidamente na ampulheta; em breve dir-se-á no Céu: "Está cumprido." Apocalipse 21:6. "Quem é santo, seja santificado ainda", "quem é sujo, suje-se ainda." Apocalipse 22:11. ME2 377 1 Sejam avivados nossos testemunhos; apeguemo-nos mais firmemente a Deus. Não me posso abster de orar a uma, às duas e três horas da manhã para que o Senhor opere no coração do povo. Penso no Céu interessado na obra que está em andamento na Terra. Anjos ministradores aguardam ao pé do trono para obedecerem instantaneamente ao mando de Jesus Cristo no responder toda oração feita em sinceridade, com fé viva. Penso em como muitos dos que professam a verdade a estão observando à parte de sua vida. Não introduzem no próprio coração seu poder santificador, refinador e espiritualizante. ... Viver abaixo de nossos privilégios ME2 377 2 Estamos longe de ser o povo que Deus quereria que fôssemos, porque não elevamos a alma e não refinamos o caráter em harmonia com o maravilhoso desenvolvimento da verdade de Deus e Seus desígnios. "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos." Provérbios 14:34. O pecado é um desorganizador. Onde quer que ele seja nutrido -- no coração, na família, na igreja -- há desordem, luta, discordância, inimizade, inveja, ciúmes, porque o inimigo do homem e de Deus tem o domínio da mente. Seja, porém, amada a verdade e introduzida no viver, da mesma maneira que defendida, e esse homem ou mulher odiará o pecado e será um vivo representante de Jesus Cristo perante o mundo. ME2 377 3 O povo que pretende crer na verdade não será condenado por não haver possuído a luz, mas porque tiveram grande esclarecimento e não levaram seu coração à prova da grande norma moral de justiça. O povo que professa crer na verdade precisa ser elevado mediante o vivê-la. A verdadeira religião bíblica deve levedar a vida, refinar e enobrecer o caráter, tornando-o mais e mais semelhante ao modelo divino. Então o lar ressoará de orações, com ação de graças e louvores a Deus. Anjos ministrarão no lar e acompanharão o adorador à casa de oração. ME2 378 1 As igrejas que professam crer na verdade, que defendem a lei de Deus, observem essa lei e apartem-se de toda a iniqüidade. Resistam os membros da igreja, individualmente, a toda tentação para praticar o mal e condescender com o pecado. Comece a igreja a obra de purificação diante de Deus pela humilhação, o arrependimento, profundo exame de coração, pois nos encontramos no dia antitípico de expiação -- hora solene, pejada de resultados eternos. ME2 378 2 Os que ensinam a verdade, apresentam-na tal como é em Jesus. Sob a influência empolgante, santificadora e aperfeiçoadora da verdade de Deus, eles são como vasos limpos. Sejam eles levedados pela religião bíblica, e que influência deles irradiaria para o mundo! Sejam os membros da igreja, individualmente, puros, firmes, inabaláveis, sempre abundando no amor de Jesus, e serão uma luz para o mundo. Proclamem os homens que ocupam o lugar de atalaias e de pastores do rebanho a verdade solene, façam soar as mensagens de advertência a todo povo, nações e línguas. Sejam representantes vivos da verdade que defendem, e honrem a lei de Deus mediante estrito e santo cumprimento de suas reivindicações, andando perante o Senhor em pureza, em santidade, e a proclamação da verdade será secundada de um poder que refletirá por toda parte a luz. Entristecendo o Espírito de Deus ME2 378 3 Deus nunca abandona povos ou indivíduos enquanto eles não O abandonam. A oposição exterior não fará com que a fé do povo de Deus, que Lhe observa os mandamentos, venha a enfraquecer. A negligência de introduzir pureza e verdade na prática entristecerá o Espírito de Deus e os enfraquecerá, porque Deus não está em seu meio para abençoar. A corrupção interna trará as acusações divinas sobre este povo, como fez com Jerusalém. Oh! ouçam-se vozes a pleitear, fervorosas orações, para que aqueles que pregam a outros não sejam, eles próprios, rejeitados. Meus irmãos, não sabemos o que se encontra à nossa frente, e nossa única segurança reside em seguir a Luz do mundo. Deus cooperará conosco e trabalhará por nós caso os pecados que trouxeram Sua ira sobre o mundo antigo, sobre Sodoma e Gomorra e sobre a velha Jerusalém não se tornarem nosso crime. ME2 379 1 A mínima transgressão da lei de Deus traz culpa sobre o transgressor, e sem sincero arrependimento e abandono do pecado ele se tornará certamente um apóstata. ... Como um povo, purifiquemos o quanto possível o acampamento da contaminação moral e de pecados agravantes. Quando o pecado abre o caminho em direção ao povo que pretende estar erguendo a norma moral da justiça, como podemos esperar que Deus dirija Seu poder em nosso favor e nos salve como um povo que pratica a justiça? ... Se como um povo não nos conservamos na fé -- em vez de não somente defender pela pena e pela palavra os mandamentos de Deus, mas guardá-los a cada um, não violando conscientemente um único preceito -- então nos hão de sobrevir fraqueza e ruína. Esta é uma obra a que devemos atender em cada uma de nossas igrejas. Cada homem deve ser um cristão. Afastando o pecado ME2 379 2 Seja afastado o pecado do orgulho, sejam vencidas todas as superfluidades do vestuário, sendo exercido arrependimento para com Deus pelo despótico roubo a Ele feito pela retenção de dinheiro que devia fluir para o tesouro a fim de manter a obra de Deus em seus campos missionários. Seja a obra de reforma, de verdadeira conversão posta com insistência diante do povo. Sejam nossas obras, nosso comportamento, correspondentes à obra para este tempo, para que possamos dizer: "Imitai-me como eu a Cristo." Humilhemos nossa alma diante de Deus pela humilhação, jejum e oração, arrependimento do pecado e seu afastamento. ME2 379 3 É necessário que a voz do verdadeiro atalaia seja agora ouvida em toda a parte: "Vem a manhã, e também a noite." Isaías 21:12. A trombeta deve dar um sonido certo pois nos encontramos no grande dia de preparação, do Senhor. ... Há muitas doutrinas populares em nosso mundo. Há muita religião popular que conta seus milhares e dezenas de milhares, mas não há senão uma que traz a inscrição e o selo de Deus. Há uma religião do homem e uma religião de Deus. Precisamos ter a alma bem firmada à Rocha eterna. Tudo, no mundo de Deus, tanto homens como doutrinas e a própria Natureza, está cumprindo a firme palavra da profecia divina e cumprindo Sua grande e finalizante obra na história deste mundo. ME2 380 1 Devemos estar prontos e aguardando as ordens de Deus. Nações serão agitadas até ao centro. Retirar-se-á o apoio aos que proclamam a única norma de justiça divina, o único seguro teste do caráter. E todos quantos não se curvarem ao decreto dos concílios nacionais e obedecerem às leis nacionais para exaltar o sábado instituído pelo homem do pecado, para menosprezar o santo dia de Deus, sentirão, não somente o poder opressivo do papado, mas do mundo protestante, a imagem da besta. ME2 380 2 Satanás operará seus milagres para enganar; estabelecerá seu poder como supremo. A igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá. Ela permanece, ao passo que os pecadores de Sião serão lançados fora no joeiramento -- a palha separada do trigo precioso. É esse um transe terrível, não obstante importa que tenha lugar. Ninguém senão os que venceram pelo sangue do Cordeiro e a palavra de seu testemunho será encontrado com os leais e fiéis, sem mácula nem ruga de pecado, sem engano em sua boca. Precisamos despojar-nos de nossa própria justiça e revestir-nos da justiça de Cristo. Revestidos da justiça de Cristo ME2 380 3 Os remanescentes que purificam a alma pela obediência da verdade adquirem forças do próprio processo probante, exibindo a beleza da santidade entre a apostasia que os rodeia. Todos esses, diz Ele, "nas palmas das Minhas mãos... tenho gravado". Isaías 49:16. Eles são conservados em eterna, imperecível lembrança. Carecemos de fé agora, fé viva. Carecemos possuir um testemunho vivo que penetre no coração do pecador. Há demasiado pregar e bem pouco servir. Carecemos da santa unção. Necessitamos do espírito e fervor da verdade. Muitos dos ministros se encontram meio paralisados pelos próprios defeitos de caráter. Necessitam do poder transformador de Deus. ME2 381 1 O que Deus pediu de Adão antes de sua queda foi obediência perfeita a Sua lei. Deus requer agora o que exigiu de Adão -- perfeita obediência, justiça sem jaça, sem falha aos Seus olhos. Deus nos ajude a dar-Lhe tudo quanto Sua lei requer. Não o podemos fazer sem aquela fé que introduz a justiça de Cristo na vida diária. ME2 381 2 Prezados irmãos, o Senhor está a vir. Erguei ao alto os pensamentos e a cabeça, e regozijai-vos. Oh! pensaríamos que os que ouvem as alegres novas, e que professam amar a Jesus, ficassem cheios de indizível alegria e de glória! Estas são as boas, as jubilosas novas que devem como que eletrizar toda alma, que devem ser repetidas em nossos lares e comunicadas àqueles com quem nos encontramos na rua. Que notícias mais de molde a causar regozijo podem ser comunicadas?! Sofismar e contender com crentes e incrédulos não é a obra que Deus nos deu a fazer. ME2 381 3 Se Cristo é meu Salvador, meu sacrifício, minha expiação, então jamais perecerei. Crendo nEle, tenho vida para sempre. Oh! se todos quantos crêem na verdade cressem em Jesus como seu próprio Salvador! Não me refiro àquela fé vulgar que não é sustentada pelas obras, mas aquela fé fervorosa, viva, constante, permanente, que come a carne e bebe o sangue do Filho de Deus. Eu preciso não somente ser perdoada pela transgressão da santa lei de Deus, mas ser erguida à luz irradiada de Seu semblante. Não apenas ser admitida ao Céu, mas ter ali abundante entrada. Salvação, uma união com Cristo ME2 381 4 Estamos nós, como povo peculiar, nação santa, tão insensíveis ao inexprimível amor que Deus nos tem manifestado? Salvação não é ser batizado, não é ter nosso nome nos livros da igreja, nem pregar a verdade. É, porém, uma união viva com Jesus Cristo, ser renovado no coração, fazer as obras de Cristo com fé e serviço de amor, com paciência, mansidão e esperança. Toda alma unida a Cristo será um missionário vivo junto a todos os que o rodeiam. Trabalhará pelos que estão perto dele e pelos de longe. Seu sentimento não será regional, nem seu interesse meramente o construir um ramo da obra sobre o qual preside, terminando aí o seu zelo. Todos trabalharão com interesse para tornar forte cada ramo. Não haverá amor-próprio, nem interesse egoísta. A causa é uma, a verdade um grande todo. Bem se pode perguntar com coração sincero, ansioso: "É a inveja nutrida, é permitido ao ciúme ter lugar em meu coração?" Se assim é, Cristo não tem lugar aí. "Amo eu a lei de Deus, está o amor de Jesus Cristo em meu coração?" Caso nos amemos uns aos outros como Cristo nos amou, então estamos nos aprontando para o bendito Céu de paz e descanso. Ali não haverá nenhuma luta para ser o primeiro, para ter a supremacia; todos amarão ao próximo como a si mesmos. Oh! que Deus abrisse o entendimento e falasse ao coração de nossas igrejas mediante o despertamento de nossos membros, individualmente. ... ME2 382 1 Os que estão descansados em Sião precisam ser despertados. Grande é a responsabilidade dos que são portadores da mensagem e ainda não sentem nenhuma preocupação ou carga por almas. Oh! quem dera que homens e mulheres que professam a verdade despertassem, tomassem sobre si o jugo de Cristo, erguessem-Lhe os fardos! São precisos aqueles que não somente têm um interesse nominal, mas aquele interesse abnegado experimentado por Cristo -- intenso ardor que não esmorecerá sob dificuldades nem arrefecerá por multiplicar-se a iniqüidade. ME2 382 2 Quero falar aos ouvidos de nosso povo na América, em cada igreja. Despertai dos mortos, e Cristo vos dará vida. Almas estão perecendo pela luz da verdade tal como é em Jesus. Encontramo-nos no próprio limiar do mundo eterno. Cristãos de tempos aprazíveis não serão necessários para esta obra. A religião sentimental e de bom gosto, não é necessária neste tempo. Importa introduzir intensidade em nossa fé e na proclamação da verdade. Digo-vos: uma nova vida está procedendo de instrumentos satânicos para operar com poder que até aqui não compreendemos. E não tomará posse do povo de Deus novo poder do alto? A verdade, santificadora em sua influência, precisa ser instantemente incutida no povo. Importa que haja fervorosas súplicas a Deus, orações feitas em agonia, para que nossas esperanças como um povo não se fundamentem em suposições, mas em eternas realidades. Precisamos conhecer por nós mesmos, pela prova da Palavra de Deus, se estamos na fé, caminhando para o Céu, ou não. A norma moral do caráter é a lei de Deus. Estamos nós à altura de suas reivindicações? Está o povo de Deus pondo suas propriedades, seu tempo, seus talentos e toda a sua influência na obra para este tempo? Despertemos. "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus." Colossences 3:1. -- Carta 55, 1886. ME2 383 1 Aumentarão em número e força as confederações à medida que nos aproximamos do fim do tempo. Essas confederações hão de criar influências opostas à verdade, formando novos partidos de professos crentes que porão em prática suas próprias teorias enganadoras. Aumentará a apostasia. "Apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios." 1 Timóteo 4:1. Homens e mulheres se têm aliado para opor-se ao Senhor Deus do Céu, e a igreja está apenas meio acordada para a situação. É preciso que haja muito mais oração, muito mais fervoroso esforço, entre os professos crentes. ME2 383 2 Instrumentos satânicos, em forma humana, tomarão parte nesse derradeiro e grande conflito para opor-se à edificação do reino de Deus. E anjos celestiais em disfarce humano se encontrarão no campo de ação. Os dois partidos antagônicos continuarão a existir até à terminação do grande capítulo final da história deste mundo. Instrumentos satânicos encontram-se em toda cidade. Não nos podemos permitir estar desapercebidos nem por um momento. Os crentes fiéis, firmes, hão de orar mais e mais, e falarão menos de negócios de pouca importância. Mais e mais decididos testemunhos lhes sairão dos lábios para encorajar os fracos e necessitados. Esse não é tempo para o povo de Deus serem fracalhões, ou nem uma coisa nem outra. Sejam todos diligentes estudantes da Palavra. Cumpre-nos ser fortes no Senhor e no poder de Sua força. Não podemos viver ao acaso e ser genuínos cristãos. -- The Review and Herald, 5 de Agosto de 1909. ------------------------Capítulo 49 -- Um nome e um povo distintos Não nos envergonhamos de nosso nome ME2 384 1 Somos adventistas do sétimo dia. Envergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: "Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas." -- Carta 110, 1902. ME2 384 2 Somos adventistas do sétimo dia, e desse nome nunca nos devemos envergonhar. Cumpre-nos, como um povo tomar firme posição ao lado da verdade e da justiça. Assim glorificaremos a Deus. Havemos de ser livrados de perigos, e não enredados nem corrompidos por eles. Para que isto aconteça, precisamos olhar sempre a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé. -- Carta 106, 1903. Nosso sinal distintivo ME2 384 3 A bandeira do terceiro anjo tem a inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Nossas instituições tomaram um nome que salienta o caráter de nossa fé, e dele nunca nos devemos envergonhar. Foi-me mostrado que esse nome significa muito, e ao adotá-lo seguimos o esclarecimento que nos foi dado pelo Céu. ... O sábado é o memorial de Deus, de Sua obra criadora, e é um sinal que deve ser mantido perante o mundo. ME2 385 1 Não deve haver nenhuma transigência com os que estão cultuando um repouso idólatra. Não devemos gastar nosso tempo em controvérsia com os que conhecem a verdade, e sobre quem a luz da verdade tem estado a brilhar, quando eles desviam os ouvidos da verdade para se volverem às fábulas. Foi-me dito que os homens empregarão todos os métodos para tornar menos manifesta a diferença entre a fé dos adventistas do sétimo dia e a dos que observam o primeiro dia da semana. Todo o mundo empenhar-se-á nesse conflito, e o tempo é breve. Não é tempo de arriar nossa bandeira. ME2 385 2 Foi-me mostrado um grupo sob o nome de adventistas do sétimo dia, que estava aconselhando que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto não devia ser tão chocantemente defendida; pois pretendiam não ser o melhor método para obter êxito para nossas instituições. Esta bandeira distintiva deve ser levada pelo mundo até ao fim do tempo da graça. Descrevendo o povo remanescente de Deus, diz João: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Esta é a lei e o evangelho. O mundo e as igrejas estão-se unindo em harmonia no transgredir a lei de Deus, em arrancar violentamente o memorial de Deus, e no exaltar um dia de repouso que traz a assinatura do homem do pecado. O sábado do Senhor teu Deus, porém, deve ser um sinal para mostrar a diferença entre os obedientes e os desobedientes. Vi alguns estendendo as mãos para remover a bandeira, e obscurecer-lhe a significação. ... ME2 385 3 Quando o povo aceita e exalta um sábado espúrio, e afasta almas da obediência e lealdade para com Deus, chegarão ao ponto a que chegou o povo nos dias de Cristo. ... Há de alguém então preferir ocultar sua bandeira, afrouxar sua devoção? Há de o povo a quem Deus tem honrado e abençoado e feito prosperar, recusar-se a dar testemunho em favor do Seu memorial no próprio tempo em que esse testemunho deveria ser dado? Não hão de os mandamentos de Deus ser mais altamente estimados quando os homens lançam desprezo sobre Sua lei? -- Manuscrito 15, 1896. O mundo observa ME2 386 1 O povo que observa os mandamentos de Deus é descrito pelo profeta como "homens portentosos". Cumpre-nos ser um povo diferente do mundo. Os olhos do mundo se encontram sobre nós, e somos observados por muitos de quem não temos conhecimento. Pessoas há que conhecem alguma coisa das doutrinas que professamos crer, e estão notando o efeito de nossa crença sobre nosso próprio caráter. Esperam ver a espécie de influência que exercemos, e como nos comportamos diante de um mundo destituído de fé. Os anjos do Céu estão nos contemplando. "Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens." 1 Coríntios 4:9. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1889. O futuro do povo de Deus ME2 386 2 Nosso povo tem sido considerado demasiado insignificante para ser digno de nota, mas virá uma mudança; dão-se agora os passos. O mundo cristão está agora agindo de maneira que há de necessariamente pôr o povo observador dos mandamentos de Deus em evidência. Há diária supressão da verdade de Deus em favor das teorias e falsas doutrinas de origem humana. Estão sendo postos em andamento planos e movimentos para escravizar a consciência dos que querem ser leais a Deus. Os poderes legisladores serão contra o povo de Deus. Toda alma será provada. Oh! se fôssemos, como um povo, sábios por nós mesmos, e por preceito e por exemplo comunicássemos a nossos filhos essa sabedoria! Toda posição de nossa crença será esquadrinhada, e se não formos profundos estudiosos da Bíblia, estabelecidos, fortalecidos, firmados, a sabedoria dos grandes homens do mundo será demais para nós. -- Carta 12, 1886. ------------------------Capítulo 50 -- As colunas de nossa fé ME2 387 1 Durante os passados cinqüenta anos de minha vida, tive oportunidades preciosas de obter experiência. Tive-a quanto à primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Os anjos são representados como voando pelo meio do céu, proclamando ao mundo uma mensagem de advertência, e tendo relação direta com o povo que vive nos últimos dias da história terrestre. Ninguém ouve a voz desses anjos, pois eles são símbolo do povo de Deus a trabalhar em harmonia com o Universo celeste. Homens e mulheres, iluminados pelo Espírito de Deus e santificados por meio da verdade, proclamam as três mensagens em sua ordem. ME2 387 2 Tive uma parte nesta obra solene. Quase toda a minha vida cristã se acha com ela entretecida. Vivem ainda pessoas que têm experiência semelhante à minha. Reconheceram a verdade em desdobramento para estes dias; mantiveram-se a passo com o grande Líder, o Capitão das hostes do Senhor. ME2 387 3 Na proclamação das mensagens, toda especificação da profecia se tem cumprido. Aqueles que tiveram o privilégio de desempenhar uma parte na proclamação dessas mensagens obtiveram uma experiência que é do mais alto valor para eles; e agora que nos encontramos entre os perigos destes últimos dias, quando se ouvirão de todo lado vozes dizendo: "Eis que o Cristo está aqui", "Aqui está a verdade", ao passo que a preocupação de muitos é transtornar o fundamento de nossa fé, que nos tirou das igrejas e do mundo para colocar-nos como um povo peculiar na Terra, daremos, como João, o nosso testemunho: ME2 388 1 "O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida; ... o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco." 1 João 1:1-3. ME2 388 2 Eu testifico das coisas que tenho visto, das coisas que tenho ouvido, das coisas que minhas mãos tocaram da Palavra da vida. E este testemunho sei que é do Pai e do Filho. Vimos e testificamos que o poder do Espírito Santo tem acompanhado a apresentação da verdade, advertindo pela pena e pela palavra, e dando as mensagens por sua ordem. Negar esta obra seria negar o Espírito Santo, e colocar-nos-ia em companhia dos que se apartaram da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores. Confiança assaltada ME2 388 3 O inimigo porá em operação tudo para desarraigar a confiança dos crentes nas colunas de nossa fé nas mensagens do passado, as quais nos colocaram sobre a elevada plataforma da verdade eterna, e firmaram e imprimiram cunho à obra. O Senhor Deus de Israel guiou Seu povo, revelando-lhe verdade de origem celestial. Sua voz foi ouvida e ainda o é, dizendo: "Ide avante de força em força, de graça em graça, de glória em glória." A obra está se fortalecendo e ampliando, porque o Senhor Deus de Israel é a defesa de Seu povo. ME2 388 4 Aqueles que se apegaram à verdade teoricamente, com a ponta dos dedos, por assim dizer, que não levaram seus princípios ao santuário interior da alma, antes conservaram a verdade vital no pátio exterior, não verão nada de sagrado na história passada deste povo, a qual deles tem feito o que são e os tem firmado como obreiros missionários diligentes, decididos no mundo. ME2 389 1 Preciosa é a verdade para este tempo; mas aqueles cujo coração não foi quebrantado mediante o cair sobre a rocha Cristo Jesus, não verão nem compreenderão o que é a verdade. Aceitarão o que lhes agrada às idéias, e começarão a manufaturar outro fundamento que não seja aquele que foi posto. Lisonjearão sua própria vaidade e estima, pensando que são capazes de remover as colunas de nossa fé, e substituindo-as por outras de sua própria invenção. ME2 389 2 Assim continuará a ser enquanto o tempo durar. Quem quer que tenha sido acurado estudante da Bíblia verá e compreenderá a solene posição dos que estiverem vivos nas cenas finais da história terrestre. Sentirão sua própria ineficiência e fraqueza, e tornarão seu primeiro interesse, não somente ter uma forma de piedade, mas ligação vital com Deus. Eles não ousarão descansar enquanto Cristo não estiver formado no interior, a esperança da glória. O próprio eu morrerá; expulso será o orgulho da alma, e eles terão a mansidão e bondade de Cristo. -- Manuscrito 28, 1890. Nenhuma nova organização ME2 389 3 Depois da passagem do tempo, Deus confiou a Seus fiéis seguidores os princípios preciosos da verdade presente. Esses princípios não foram dados aos que não tiveram parte na proclamação da primeira e da segunda mensagens angélicas. Eles foram dados aos obreiros que haviam tomado parte na obra desde o começo. ME2 389 4 Os que passaram por essas experiências devem ser firmes como uma rocha aos princípios que nos tornaram adventistas do sétimo dia. Devem ser coobreiros de Deus, ligando o testemunho e selando a lei entre Seus discípulos. Os que tomarem parte no estabelecimento de nossa obra sobre o fundamento da verdade bíblica, os que conhecem os marcos do caminho que indicaram o trilho certo, devem ser considerados obreiros do mais alto valor. Eles podem falar por experiência pessoal quanto às verdades a eles confiadas. Esses homens não devem permitir que sua crença se transforme em descrença; não devem permitir que a bandeira do terceiro anjo lhes seja arrebatada das mãos. Cumpre-lhes manter o princípio de sua confiança firme até ao fim. ME2 390 1 O Senhor declarou que a história do passado repetir-se-á ao entrarmos na obra finalizadora. Toda verdade que Ele deu para estes últimos dias deve ser proclamada ao mundo. Toda coluna por Ele estabelecida deve ser avigorada. Não podemos desviar-nos agora do fundamento estabelecido por Deus. Não podemos agora entrar em nenhuma nova organização; pois isto significaria apostasia da verdade. -- Manuscrito 129, 1905. Não há necessidade de temer ME2 390 2 Não há nenhuma necessidade de duvidar, de estar temeroso de que a obra não seja bem-sucedida. Deus está à testa da obra, e porá tudo em ordem. Caso haja coisas necessitando serem ajustadas na direção da obra, Deus atenderá a isso, e trabalhará para endireitar todo erro. Tenhamos fé que Deus vai conduzir a nobre nau que transporta o Seu povo, em segurança, para o porto. ME2 390 3 Quando eu me achava em viagem de Portland, no Maine, para Boston, muitos anos atrás, sobreveio-nos uma tempestade, e as grandes ondas nos arremessavam de um lado para outro. Caíram os candelabros, e as malas rolavam para cá e para lá, como se fossem bolas. Os passageiros estavam atemorizados, e muitos gritavam, na expectativa da morte. ME2 390 4 Depois de algum tempo, o piloto veio a bordo. O capitão pôs-se junto do piloto enquanto ele tomava o leme, e exprimiu temor quanto à direção em que o navio estava sendo conduzido. "Quer tomar o leme?" perguntou o piloto. O capitão não se prontificou a fazer isso, pois sabia que lhe faltava experiência. ME2 390 5 Então alguns dos passageiros ficaram desassossegados, e disseram que temiam que o piloto os lançasse de encontro às rochas. "Quereis tomar o leme?" perguntou o piloto. Eles, porém, sabiam que não o podiam manejar. ME2 391 1 Quando pensais que a obra se encontra em perigo, orai: "Senhor, fica ao leme. Conduze-nos através desta perplexidade. Leva-nos a salvo ao porto." Não temos nós razão para crer que o Senhor nos conduzirá através, triunfantes? ME2 391 2 Há diante de mim muitos que são velhos ajudadores na causa. Tenho conhecido alguns de vós durante os últimos trinta anos. Irmãos, não temos nós visto crise após crise sobrevir à obra, e não nos conduziu o Senhor por elas, operando para glória de Seu nome? Não podeis crer nEle? Não Lhe podeis confiar a causa? Não vos é possível, com vossa mente humana, compreender a operação de todas as providências de Deus. Deixai-O cuidar de Sua própria obra. -- The Review and Herald, 20 de Setembro de 1892. "Tenho a mão ao leme" ME2 391 3 A vinda do Senhor está mais próxima do que quando primeiro cremos. Que admirável pensamento é esse de que o grande conflito se aproxima do fim! Na conclusão da obra enfrentaremos perigos com os quais não sabemos como lidar; não esqueçamos, porém, que os três grandes poderes do Céu estão operando, que uma mão divina se encontra ao leme, e que Deus levará a cabo os Seus desígnios. Ele reunirá do mundo um povo que O há de servir em justiça. ME2 391 4 Terríveis perigos se acham diante dos que têm responsabilidades na obra do Senhor -- perigos cuja idéia me faz tremer. Mas vem a palavra: "Tenho a mão ao leme, e em Minha providência levarei a cabo o plano divino." -- The Review and Herald, 5 de Maio de 1903. Juízos de Deus por toda parte ME2 391 5 Tempos atribulados acham-se diante de nós. Os juízos de Deus acham-se por toda parte na Terra. Calamidades seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Em breve Se levantará Deus de Seu lugar para sacudir terrivelmente a Terra, e para castigar os habitantes por sua iniqüidade. Então Ele Se levantará em favor de Seu povo, e lhes dará Seu protetor cuidado. Lançará Seus braços eternos em torno deles para os escudar contra todo dano. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1904. ------------------------Capítulo 51 -- Fiel ou infiel Apostasias ME2 392 1 Encontro-me em grande angústia de alma por nosso povo. Vivemos entre os perigos dos últimos dias. Uma fé superficial resulta em uma superficial experiência cristã. Há um arrependimento de que é necessário arrepender-se. Toda genuína experiência nas doutrinas religiosas terá o selo de Jeová. Todos devem ver a necessidade de compreender a verdade por si mesmos, individualmente. Precisamos compreender as doutrinas que têm sido estudadas cuidadosamente e com oração. Foi-me revelado que há entre nosso povo grande falta de conhecimento quanto ao surgimento e progresso da mensagem do terceiro anjo. Há grande necessidade de examinar o livro de Daniel e o de Apocalipse, e aprender cabalmente os textos, para que possamos saber o que está escrito. ME2 392 2 Muito vívido foi o esclarecimento a mim dado de que muitos sairiam de nós, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. O Senhor deseja que toda alma que professa crer na verdade tenha inteligente compreensão do que seja a verdade. Surgirão falsos profetas e enganarão a muitos. Tudo quanto possa ser sacudido será sacudido. Não convém portanto a cada um compreender as razões de nossa fé? Em lugar de haver tantos sermões deveria haver mais acurado exame da Palavra de Deus, abrindo as Escrituras, texto por texto, e buscando as fortes provas que sustentam as doutrinas fundamentais que nos trouxeram aonde nos encontramos agora, sobre a plataforma da verdade eterna. Seduzidos por falsa santidade ME2 393 1 Minha alma se entristece muito ao ver quão rápido alguns que tiveram a luz e a verdade hão de aceitar os enganos de Satanás, e ser seduzidos por uma falsa santidade. Quando os homens se desviam dos marcos estabelecidos pelo Senhor para que compreendamos nossa posição tal como é assinalada na profecia, não sabem aonde vão parar. ME2 393 2 Ponho em dúvida se a verdadeira rebelião será jamais curável. Estudai em Patriarcas e Profetas a rebelião de Coré, Datã e Abirã. Essa rebelião estendeu-se, incluindo mais de dois homens. Foi movida por duzentos e cinqüenta príncipes da congregação, homens de renome. Chamai a rebelião por seu verdadeiro nome e a apostasia pelo nome real, e então considerai que o que aconteceu ao antigo povo de Deus com todos os seus traços objetáveis foi fielmente registrado para passar à História. Declaram as Escrituras: "Estas coisas estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos." 1 Coríntios 10:11. E se homens e mulheres que têm o conhecimento da verdade estão tão separados de seu grande Líder que tomem o grande líder da apostasia e o chamem Cristo Justiça nossa, é porque não se aprofundaram muito nas minas da verdade. Não são capazes de discernir entre o ouro precioso e o material ordinário. ME2 393 3 Lede as advertências tão abundantemente dadas na Palavra de Deus com relação aos falsos profetas que se introduzirão com suas heresias e, se possível, enganarão os próprios escolhidos. Com essas advertências, por que não distingue a igreja o falso do genuíno? Aqueles que, de alguma maneira, foram assim extraviados, necessitam humilhar-se diante de Deus, e arrepender-se sinceramente, por haverem sido tão facilmente transviados. Não distinguiram a voz do Pastor Verdadeiro da do estranho. Recapitulem todas essas pessoas esse capítulo de sua experiência religiosa. ME2 394 1 Por mais de meio século tem Deus dado a Seu povo iluminação mediante os testemunhos de Seu Espírito. Depois de todo esse tempo foi deixado a uns poucos homens e suas mulheres desiludir a igreja toda de crentes, declarando que a Sra. White é uma embusteira e uma enganadora? "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. ME2 394 2 Aqueles que podem passar por alto todas as provas que Deus lhes tem dado, e mudar a bênção em maldição, devem tremer pela segurança de sua alma. Seu castiçal será removido do lugar a menos que se arrependam. O Senhor tem sido insultado. A bandeira da verdade, da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, foi deixada arrastar no pó. Se os atalaias são deixados a desencaminhar o povo dessa maneira, Deus tornará algumas almas responsáveis pela falta de agudo discernimento para descobrir que espécie de provisões foram dadas a Seu rebanho. ME2 394 3 Têm ocorrido apostasias e o Senhor tem permitido que questões dessa natureza se desenvolvessem no passado a fim de mostrar quão facilmente Seu povo será desviado se confiarem nas palavras de homens em vez de examinarem por si mesmos as Escrituras, como fizeram os nobres bereanos, para ver se estas coisas são assim. E o Senhor tem permitido coisas dessa espécie ocorrerem para que sejam dadas advertências de que elas terão lugar. Rebelião e apostasia ME2 394 4 A rebelião e a apostasia encontram-se no próprio ar que respiramos. Seremos afetados por elas, a menos que, pela fé, façamos nossa alma desamparada segurar-se em Cristo. Se os homens são tão facilmente transviados agora, como subsistirão eles quando Satanás personificar a Cristo, e operar milagres? Quem ficará inabalado então por suas deturpações -- professar ser Cristo quando é apenas Satanás assumindo a pessoa de Cristo, e operando aparentemente as obras do próprio Cristo? Que impedirá o povo de Deus de prestar obediência a falsos cristos? "Não vades, nem os sigais." Lucas 17:23. ME2 395 1 As doutrinas têm de ser compreendidas com clareza. Os homens aceitos para pregarem a verdade precisam estar ancorados; então sua nau resistirá a tempestades e temporais, porque a âncora os segura firmemente. Aumentarão os enganos, e devemos chamar a rebelião pelo seu próprio nome. Devemos estar revestidos de toda a armadura. Neste conflito, não enfrentamos unicamente homens, mas principados e potestades. Não lutamos contra a carne e o sangue. Leia-se cuidadosamente e de maneira impressiva em nossas igrejas. Efésios 6:10-18. ME2 395 2 Aqueles que apostatam transmitem as palavras do dragão. Temos de enfrentar os instrumentos satânicos que vieram fazer guerra aos santos. "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." Apocalipse 12:17. Os que apostatam deixam o verdadeiro e fiel povo de Deus, e confraternizam com aqueles que representam Barrabás. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. ME2 395 3 Escrevo isto porque muitos na igreja me são apresentados como vendo os homens como árvores andando. Precisam ter outra e mais profunda experiência antes de discernirem as armadilhas disseminadas para os apanharem na rede do enganador. Importa que não haja neste tempo obra feita pela metade. O Senhor chama homens e mulheres fortes, resolutos, inteiramente dedicados para ficarem na brecha, e restaurarem o muro. Citação de Isaías 58:12-14. ME2 395 4 Há decidido testemunho a ser dado por todos os nossos ministros em todas as nossas igrejas. Deus tem permitido ocorrerem apostasias a fim de mostrar quão pouco se pode confiar no homem. Devemos olhar sempre a Deus; Sua palavra não é Sim e Não, mas Sim e Amém. -- Manuscrito 185, 1897. ------------------------Capítulo 52 -- A igreja triunfante Promessa muitas vezes repetida ME2 396 1 O Pai ama hoje Seu povo da mesma maneira que ama a Seu próprio Filho. Um dia teremos o privilégio de vê-Lo face a face. -- Manuscrito 103, 1903. (Escrito em 15 de Setembro de 1902.) ME2 396 2 Devemos lembrar que a igreja, enfraquecida e defeituosa como seja, é o único objeto na Terra a que Cristo concede Sua suprema consideração. Ele vela constantemente com solicitude por ela, e fortalece-a por Seu Espírito Santo. -- Manuscrito 155, 1902. (22 de Novembro de 1902.) ME2 396 3 Confiai na guarda de Deus. Sua igreja deve ser ensinada. Enfraquecida e defeituosa como é, é o objeto de Sua suprema consideração. -- Carta 279, 1904. (1 de Agosto de 1904.) Sempre em terreno conquistado ME2 396 4 A igreja deve aumentar em atividade e ampliar seus limites. Nossos esforços missionários devem expandir-se; precisamos alargar nossas fronteiras. ... Ao passo que tem havido renhidas lutas no esforço de manter nosso cunho distintivo, temos todavia como cristãos bíblicos estado sempre em terreno conquistado. -- Carta 170, 1907. (6 de Maio de 1907.) ME2 397 1 A evidência que temos tido nos cinqüenta anos passados da presença do Espírito de Deus conosco como um povo, resistirá ao teste dos que se estão agora dispondo em ordem de batalha ao lado do inimigo e reforçando-se contra a mensagem de Deus. -- Carta 356, 1907. (24 de Outubro de 1907.) ME2 397 2 Eu vos escrevo estas coisas, irmãos, se bem que nem todos vós as possais compreender plenamente. Se eu não cresse que os olhos de Deus se acham sobre Seu povo, não poderia ter a coragem de escrever repetidamente as mesmas coisas. ... Deus tem um povo a quem está dirigindo e instruindo. -- Carta 378, 1907. (11 de Novembro de 1907.) ME2 397 3 Sou instruída a dizer aos adventistas do sétimo dia em todo o mundo: Deus chamou-nos como um povo para sermos-Lhe particular tesouro. Ele designou que Sua igreja na Terra esteja perfeitamente unida no Espírito e conselho do Senhor dos exércitos até ao fim do tempo. -- Carta 54, 1908. (21 de Janeiro de 1908.) ME2 397 4 Coisa alguma neste mundo é tão cara a Deus como Sua igreja. Ele guarda com zeloso cuidado aqueles que O buscam. Coisa alguma ofende tanto a Deus como os servos de Satanás se esforçarem para privar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou a Seu povo. Satanás aponta os erros que eles têm cometido, e procura fazê-los crer que assim se separaram de Deus. Anjos maus buscam por todos os modos desanimar os que se estão esforçando pela vitória contra o pecado. Eles lhes apresentam sua passada indignidade, e dão seu caso como desesperado. Temos, porém, um todo-poderoso Redentor. Cristo veio do Céu vestido de humanidade para viver os princípios da justiça neste mundo. Foi dotado de poder para ministrar a todos quantos O aceitassem como seu Redentor, para socorrer os arrependidos que estivessem convencidos da pecaminosidade do pecado. "Não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." Hebreus 4:15. -- Carta 136, 1910. (26 de Novembro de 1910.) ------------------------Capítulo 53 -- Últimas mensagens à assembléia da associação geral ME2 398 0 [Duas mensagens foram enviadas por Ellen G. White em 1913 à Associação Geral em sessão. A primeira foi lida pelo Pastor G. C. White à assembléia na tarde do primeiro sábado da reunião, em 17 de maio.] ME2 398 1 Aos que se acham reunidos em assembléia da Associação Geral, saudações! ME2 398 2 "Elmshaven", Sanatório, Califórnia, 4 de Maio de 1913 ME2 398 3 Prezados Irmãos: "Graça a vós e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus." 2 Coríntios 1:2-4. ME2 398 4 "Graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo lugar o cheiro do Seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom cheiro de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem." 2 Coríntios 2:14, 15. ME2 398 5 "Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós." 2 Coríntios 4:5-7. ME2 399 1 "Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." 2 Coríntios 4:16-18. Esperança e ânimo ME2 399 2 É o privilégio de nossos homens representativos, ao assistirem a assembléia da Associação Geral, nutrirem um espírito de esperança e ânimo. Meus irmãos, o Salvador Se tem a vós revelado em múltiplas maneiras; encheu vosso coração com a luz irradiada de Sua presença enquanto trabalháveis em terras distantes e na pátria; guardou-vos através de perigos visíveis e invisíveis; e agora, ao vos reunirdes uma vez mais com vossos irmãos em concílio, é vosso privilégio alegrar-vos no Senhor, e regozijar-vos no conhecimento de Sua mantenedora graça. Tome Seu amor posse de espírito e coração. Acautelai-vos quanto a vos fatigardes demasiado, gastar-vos de cuidados, ficardes deprimidos. Dai testemunho de molde a erguer. Desviai os olhos do que é sombrio e desanimador, e olhai a Jesus, nosso grande Líder, sob cuja vigilante supervisão a causa da verdade presente, à qual damos nossa vida e tudo quanto possuímos, destina-se a triunfar gloriosamente. ME2 399 3 A atitude que nossos homens representativos mantiverem durante a assembléia, exercerá poderosa influência sobre todos através do campo, bem como nos próprios delegados. Oh! seja visto, meus irmãos, que Jesus habita no coração, sustentando, fortalecendo, confortando. É vosso privilégio ser dia a dia dotados com rica medida de Seu Santo Espírito, e ter ampla visão da importância e do escopo da mensagem que estamos proclamando ao mundo. O Senhor está disposto a revelar-vos coisas maravilhosas de Sua lei. Demorai-vos perante Ele em humildade de coração. Orai com o máximo fervor por compreensão dos tempos em que vivemos, por mais plena concepção de Seu desígnio e por acrescida eficiência no salvar almas. ME2 400 1 Muitas vezes, durante a noite é-me ordenado estimular nossos irmãos em posições de responsabilidade a fazerem diligentes esforços para prosseguir em conhecer o Senhor mais perfeitamente. Quando nossos obreiros compreenderem, como devem, a importância dos tempos em que vivemos, ver-se-á decidido propósito de estar ao lado do Senhor, e eles se tornarão na verdade cooperadores de Deus. Quando eles consagrarem alma e coração ao serviço de Deus, verificarão ser essencial uma experiência mais profunda do que qualquer deles tem obtido, se é que queiram triunfar sobre todo pecado. ME2 400 2 Convém-nos considerar o que sobrevirá brevemente à Terra. Não estamos em tempo de frivolidades ou de andar em busca dos próprios interesses. Caso os tempos em que vivemos deixem de impressionar seriamente nosso espírito, que nos pode atingir? Não pedem as Escrituras uma obra mais pura e santa do que já nos foi dado ver? Convite à reconsagração ME2 400 3 Necessitam-se agora homens de esclarecida compreensão. Deus convida os que estão dispostos a ser regidos pelo Espírito Santo a liderarem numa obra de completa reforma. Vejo uma crise diante de nós, e o Senhor convida Seus obreiros a se enfileirarem. Toda alma deve estar agora em posição de mais profunda, mais genuína consagração a Deus que durante os anos passados. ME2 400 4 Durante a Assembléia da Associação Geral de 1909 devia haver sido feita no coração dos que a ela assistiram, uma obra que não foi realizada. Deviam haver sido consagradas horas ao exame de coração, as quais haveriam levado ao quebrantamento do inculto solo do coração daqueles que se achavam ali reunidos. Isto lhes haveria dado visão para compreender a obra tão essencial a ser feita por eles em arrependimento e confissão. Mas, se bem que fossem dadas oportunidades para confissão de pecados, para sincero arrependimento, e para decidida reforma, não foi feita obra cabal. Alguns sentiram a influência do Espírito Santo, e corresponderam; mas nem todos cederam a essa influência. A mente de alguns andava por caminhos proibidos. Houvesse da parte de todos na assembléia uma humilhação de coração, e ter-se-ia manifestado maravilhosa bênção. ME2 401 1 Por vários meses, depois do encerramento da reunião, senti pesada responsabilidade, e insisti em chamar a atenção dos irmãos responsáveis para as coisas que o Senhor me instruía a apresentar-lhes claramente. Afinal, alguns dos que ocupavam posições de confiança em relação com a obra geral, depois de muita oração e cuidadoso estudo das várias mensagens dadas, aventuraram-se a empreender pela fé a obra solicitada -- uma obra que eles não podiam compreender plenamente; e ao avançarem no temor de Deus, receberam preciosas bênçãos. ME2 401 2 Trouxe grande regozijo a meu coração ver as maravilhosas transformações operadas na vida de alguns que assim decidiram avançar pela fé no caminho do Senhor, de preferência a seguir a senda de sua própria escolha. Houvessem aqueles irmãos de responsabilidade continuado a ver os assuntos sob falso aspecto, e haveriam criado um estado de coisas que mancharia lamentavelmente a obra; quando, porém, deram ouvido às instruções enviadas, e buscaram o Senhor, Deus levou-os a pleno esclarecimento, e habilitou-os a prestar serviço aceitável e promover reformas espirituais. ME2 401 3 Quando o Senhor põe a mão para preparar o caminho diante de Seus ministros, é dever deles seguir aonde Ele os dirija. Ele nunca abandona ou deixa em incerteza os que Lhe seguem a guia com inteiro propósito de coração. Uma expressão de confiança ME2 401 4 "Regozijo-me", irmãos, "de em tudo poder confiar em vós." 2 Coríntios 7:16. E ao passo que experimento ainda a mais profunda ansiedade quanto à atitude que alguns estão assumindo para com importantes medidas relacionadas com o desenvolvimento da causa de Deus na Terra, tenho todavia vigorosa fé nos obreiros através do campo, e creio que à medida que eles se reunirem e humilharem perante o Senhor e se consagrarem novamente a Seu serviço, serão habilitados a fazer Sua vontade. Alguns há que, nem mesmo agora, vêem os assuntos em seu justo aspecto, mas esses podem aprender a ver em harmonia com seus coobreiros, e evitar cometer erros sérios, mediante o buscarem diligentemente o Senhor neste tempo, e submeterem sua vontade inteiramente à vontade de Deus. ME2 402 1 Tenho sido profundamente impressionada por cenas recentemente passadas diante de mim durante a noite. Parecia estar ocorrendo em muitos lugares um grande movimento -- uma obra de reavivamento. Nosso povo cerrou fileiras correspondendo ao chamado de Deus. Meus irmãos, o Senhor está a falar-nos. Não Lhe atenderemos à voz? Não espevitaremos nossas lâmpadas, e agiremos como homens que aguardam a vinda de Seu Senhor? O tempo é daqueles que requerem portadores de luz, pedem ação. ME2 402 2 "Rogo-vos pois", irmãos, "que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade, e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz." Efésios 4:1-3. -- The General Conference Bulletin, 19 de Maio de 1913, p. 33, 34. Ânimo no Senhor ME2 402 3 Recentemente, nas horas da noite, minha mente foi impressionada pelo Espírito Santo com o pensamento de que se o Senhor vier tão breve como cremos, devemos ser ainda mais ativos do que temos sido nos anos passados em levar a verdade ao povo. ME2 402 4 Em ligação com isto meu espírito reportou-se à atividade dos crentes adventistas em 1843 e 1844. Havia naquele tempo muita visita de casa em casa, e incansáveis esforços eram feitos para advertir o povo das coisas ditas na Palavra de Deus. Devemos estar desenvolvendo esforços ainda maiores do que os que foram envidados pelos que proclamaram tão fielmente a mensagem do primeiro anjo. Estamos nos aproximando rapidamente do fim da história terrestre; e à medida que compreendermos que Jesus vem realmente presto, seremos despertados para trabalhar como nunca dantes. É-nos ordenado fazer soar o alarme ao povo. E cumpre-nos mostrar em nossa própria vida o poder da verdade e da justiça. O mundo há de enfrentar em breve o grande Legislador quanto a Sua lei transgredida. Unicamente os que se volvem da transgressão para a obediência podem esperar perdão e paz. ME2 403 1 Devemos alçar a bandeira na qual se acha inscrito: "Os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." A obediência à lei de Deus é a grande questão. Não seja ela posta fora de vistas. Precisamos esforçar-nos para despertar os membros da igreja, e os que não professam coisa alguma, a verem os reclamos da lei do Céu e lhes obedecerem. Devemos engrandecer essa lei e torná-la honrosa. ME2 403 2 Cristo nos comissionou a semear as sementes da verdade, e insistir com nosso povo quanto à importância da obra a ser feita pelos que vivem entre as cenas finais deste mundo. Ao serem as palavras de verdade proclamadas por estradas e ata-lhos, deve haver uma revelação de que o Espírito de Deus está no coração humano. ME2 403 3 Oh! quanto bem se poderia efetuar se todos quantos possuem a verdade, a Palavra da vida, trabalhassem pelo esclarecimento dos que não a têm! Quando os samaritanos foram ter com Cristo, a convite da samaritana, Cristo falou a respeito deles aos discípulos como uma seara pronta para a colheita. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?" disse Ele: "Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." João 4:35. Cristo ficou com os samaritanos por dois dias; pois eles estavam famintos de ouvir a verdade. E que dias ocupados foram aqueles! Em resultado desse labor, "muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra". João 4:41. E eis seu testemunho: "Porque nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo." João 4:42. ME2 403 4 Quem, entre o professo povo de Deus lançará mão dessa sagrada obra, e trabalhará pelas almas a perecer por falta de conhecimento? O mundo precisa ser advertido. Muitos lugares me são indicados como estando em necessidade de esforços consagrados, fiéis e incansáveis. Cristo está abrindo a mente e o coração de muitos em nossas grandes cidades. Estas necessitam das verdades da Palavra de Deus; e se entrarmos em santa aproximação de Cristo, e procurarmos chegar mais perto dessas pessoas, produzir-se-ão impressões para o bem. Precisamos despertar, e entrar em simpatia com Cristo e nossos semelhantes. As cidades grandes e as pequenas, os lugares próximos e distantes, devem ser trabalhados, e trabalhados inteligentemente. Nunca recueis. O Senhor causará as justas impressões, uma vez que trabalhemos em uníssono com Seu Espírito. ME2 404 1 Tenho, irmãos, palavras de animação para vós. Devemos avançar com esperança e fé, esperando grandes coisas de Deus. O inimigo procurará por todos os meios impedir os esforços que estão sendo feitos para levar avante a verdade, mas na força do Senhor podeis obter êxito. ME2 404 2 Não sejam proferidas palavras de desânimo, mas unicamente as que tendam a fortalecer e sustentar vossos colaboradores. Uma palavra pessoal ME2 404 3 Anseio estar pessoalmente empenhada em trabalho diligente no campo, e estaria com certeza metida em mais labor público, não acreditasse que, em minha idade, não é prudente uma pessoa presumir das suas forças físicas. Tenho uma obra a fazer: comunicar à igreja e ao mundo a luz que me tem sido confiada de tempos a tempos no decorrer de todos os anos em que a mensagem do terceiro anjo tem sido proclamada. Tenho o coração cheio do mais sincero desejo de pôr a verdade diante de todos os que possam ser atingidos. E estou ainda desempenhando uma parte no preparo de matéria para publicação. Tenho, porém, de agir com muito cuidado, para que não me coloque em situação de não poder escrever absolutamente. Não sei quanto tempo poderei viver, mas não estou sofrendo tanto, quanto à saúde, como poderia esperar. ME2 404 4 A seguir à Assembléia da Associação Geral de 1909, passei várias semanas assistindo a reuniões campais e outras reuniões gerais, e visitando várias instituições na Nova Inglaterra, nos Estados Centrais e no Médio Oeste. ME2 405 1 Depois de voltar ao lar, na Califórnia, retomei o trabalho de preparar matéria para o prelo. No decorrer dos últimos quatro anos, escrevi relativamente poucas cartas. Toda a força de que dispunha, tenho dado em especial a completar a importante obra dos livros. ME2 405 2 Tenho às vezes assistido a reuniões, e visitado instituições na Califórnia, mas a maior parte do tempo desde a última Assembléia da Associação Geral tem sido gasto na obra dos manuscritos em minha casa de campo, "Elmshaven", próximo a Sta. Helena. ME2 405 3 Sou grata por o Senhor me estar poupando a vida para trabalhar um pouco mais em meus livros. Oh! se eu tivesse forças para fazer tudo quanto vejo que deve ser feito! Oro, para que Ele me comunique sabedoria, para que as verdades de que nosso povo necessita tanto, sejam apresentadas clara e aceitavelmente. Sou animada a crer que Deus me habilite a fazer isto. ME2 405 4 Meu interesse na obra geral é ainda tão profundo como sempre, e desejo grandemente que a causa da presente verdade seja firmemente promovida em todas as partes do mundo. Acho, porém, aconselhável não tentar muito trabalho público enquanto a obra dos livros exige minha supervisão. Tenho alguns dos melhores obreiros -- aqueles que, na providência de Deus, se uniram comigo na Austrália, juntamente com outros que se uniram desde minha volta à América. Dou graças ao Senhor por esses auxiliares. Estamos todos muito atarefados, fazendo o máximo para preparar matéria para publicação. Quero que a luz da verdade vá a todo lugar, de modo a esclarecer os que agora ignoram as razões de nossa fé. Dias há em que meus olhos me perturbam, e sofro considerável dor neles. Dou graças ao Senhor, porém, por me conservar a vista. Não seria estranho se em minha idade eu não os pudesse absolutamente usar. ME2 405 5 Sou mais reconhecida do que me é possível exprimir pelo erguimento do Espírito do Senhor, pelo conforto e a graça que Ele me continua a dar, e por que Ele me concede forças e oportunidade para comunicar ânimo e auxílio a Seu povo. Enquanto o Senhor me poupar a vida, serei fiel e leal a Ele, buscando fazer Sua vontade e glorificar Seu nome. Oxalá o Senhor me acrescente a fé, para que eu prossiga em conhecê-Lo, e fazer a Sua vontade mais perfeitamente. Bom é o Senhor, e merece grandemente o louvor. Influência de obreiros mais idosos ME2 406 1 Desejo grandemente que os velhos soldados da cruz, aqueles que encaneceram no serviço do Mestre, continuem a dar seu testemunho fiel a fim de que os mais novos na fé compreendam que as mensagens que o Senhor nos deu no passado são muito importantes nesta etapa da história terrestre. Nossa experiência passada não perdeu um jota de sua força. ME2 406 2 Cuidem todos em não desanimar os pioneiros, ou fazê-los sentir que pouco há que possam fazer. Sua influência pode ser ainda poderosamente exercida na obra do Senhor. O testemunho dos ministros idosos será sempre um auxílio e uma bênção para a igreja. Deus velará por Seus provados e fiéis porta-bandeiras, dia e noite, até que chegue o tempo de deporem sua armadura. Fiquem eles certos de que se encontram sob o protetor cuidado dAquele que não tosqueneja nem dorme; que são velados por infatigáveis sentinelas. Sabendo isto, e compreendendo que estão em Cristo, podem descansar confiantemente nas providências de Deus. Até ao fim ME2 406 3 Oro fervorosamente para que a obra que fazemos a este tempo se grave profundamente no coração, mente e alma. Aumentarão as perplexidades; como crentes em Deus, porém, encorajemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a bandeira, antes conservemo-la alçada bem alto, olhando Àquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Quando, durante a noite, não consigo dormir, ergo o coração a Deus em oração e Ele me fortalece e dá certeza de que está com Seus servo a ministrarem no campo pátrio e nas terras distantes. Sou animada e beneficiada ao compreender que o Deus de Israel ainda guia Seu povo, e que continuará a ser com eles, até ao fim. ME2 406 4 Sou instruída a dizer aos irmãos que ministram: Sejam as mensagens que saem de vossos lábios cheias do poder do Espírito de Deus. Se já houve um tempo em que necessitássemos da guia especial do Espírito Santo, esse tempo é o atual. Necessitamos de inteira consagração. É mais que tempo de darmos ao mundo uma demonstração do poder de Deus em nossa própria vida e em nosso ministério. ME2 407 1 O Senhor deseja ver a obra da proclamação da mensagem do terceiro anjo sendo levada avante com eficiência crescente. Como Ele trabalhou em todas as épocas para dar vitórias a Seu povo, assim neste século almeja Ele levar a triunfante cumprimento Seus desígnios para Sua igreja. Ordena a Seus santos crentes que avancem unidos, indo de força para força maior, da fé a mais certeza e confiança na verdade e justiça de Sua causa. ME2 407 2 Devemos ficar firmes qual rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Ele está conosco para dar-nos poder para enfrentar cada novo acontecimento. Mantenhamos sempre em nossa vida os princípios da justiça, para irmos adiante de força em força no nome do Senhor. Devemos conservar como deveras sagrada a fé que foi consolidada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus, desde nossa experiência inicial até os nossos dias. Devemos guardar ciosamente, como preciosíssima, a obra que o Senhor tem estado a levar adiante por meio de Seu povo observador dos mandamentos, e que pelo poder de Sua graça, tornar-se-á mais vigorosa e eficiente à medida que o tempo avança. O inimigo está procurando obscurecer o discernimento do povo de Deus, e enfraquecer sua eficiência, mas caso eles trabalhem segundo a direção do Espírito de Deus, Ele abrirá diante deles portas de oportunidade para a obra de restaurar os lugares assolados. Sua vida cristã será de constante desenvolvimento, até que o Senhor desça do Céu com poder e grande glória para pôr Seu selo de final triunfo sobre os Seus fiéis. A promessa do triunfo final ME2 407 3 A obra que está perante nós é daquelas que põem em tensão toda faculdade do ser humano. Isto exigirá o exercício de vigorosa fé e vigilância constante. Por vezes as dificuldades que teremos de enfrentar serão muito desencorajadoras. A própria grandeza da tarefa nos aterrará. Todavia, com o auxílio de Deus, Seus servos hão de finalmente triunfar. "Portanto", meus irmãos, "pelo que não desfaleçais" (Efésios 3:13) por causa dos probantes acontecimentos que se acham diante de vós. Jesus estará convosco; Ele irá adiante de vós por meio de Seu Espírito Santo, preparando o caminho; e Ele será vosso ajudador em toda emergência. ME2 408 1 "Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos Céus e na Terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. ME2 408 2 "Ora, Àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse, glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém." Efésios 3:14-21. -- The General Conference Bulletin, 27 de Maio de 1913, p. 164, 165. ------------------------Apêndice 1 -- Doenças e suas causas Introdução ME2 410 1 Os seis artigos sob a epígrafe "Doenças e Suas Causas", formam um dos primeiros elos na mais ou menos grande coleção dos escritos de Ellen G. White acerca do assunto da saúde. Eis o fundamento desses artigos: Primeiro, houve a histórica visão quanto à reforma referente à saúde, a 6 de Junho de 1863. A seguir, em 1864, a Sr. White fez sua primeira apresentação publicada do assunto num artigo de trinta páginas intitulado "Saúde", em Spiritual Gifts, volume 4 (correntemente disponível em reimpressão em facsímile). Depois, em 1865, ela forneceu um artigo para cada um de uma série de seis folhetos compilados de vários escritores e publicados sob o título Health, or How to Live. Os seis artigos de Ellen G. White eram uma amplificação do artigo de trinta páginas publicado em Spiritual Gifts do ano anterior. A Sr. White não fez nenhuma outra contribuição aos folhetos How to Live. ME2 410 2 Para completar o histórico relatório das primeiras declarações publicadas de Ellen G. White quanto à saúde, seus artigos aparecem aqui em fiel reprodução. Sendo reproduzidos palavra por palavra, sentença por sentença, eles contêm algumas imperfeições gramaticais que se insinuaram sob as circunstâncias desfavoráveis de impressão, um século atrás. ME2 410 3 Deve observar-se que, se bem que a Sr. White nunca solicitasse a reimpressão desses trabalhos, eles foram republicados em artigos breves na Review and Herald em 1899 e 1900. As apresentações posteriores, mais completas, de Ellen G. White sobre o assunto da saúde, culminaram com A Ciência do Bom Viver em 1905, que tomou o lugar de muitos artigos anteriores, inclusive a série "Disease and Its Causes". ME2 410 4 O leitor deve ter em mente as condições que existiam no campo da prática médica ao tempo em que esses artigos foram escritos. O último deles, particularmente, precisa ser lido tendo em vista as condições dominantes ao tempo de ser escrito. Para recapitulação dessas condições, veja-se The Story of Our Health Message, 112-130, 166-169, 427-431 (1955); Ellen G. White and Her Critics, 136-160; e Crede em Seus Profetas, 253-267. -- Depositários White. Capítulo 1 ME2 411 1 Desde a queda no Éden, a raça tem estado a degenerar. Deformidade, imbecilidade, doença e sofrimento humano têm oprimido mais e mais pesadamente cada geração que se sucede desde a queda, e todavia as massas se acham adormecidas quanto às causas reais. Não consideram serem elas mesmas culpadas, em grande medida, deste deplorável estado de coisas. Acusam geralmente a Providência de seus sofrimentos, e consideram a Deus o autor de seus infortúnios. É, porém, a intemperança, em maior ou menor grau, que se encontra à base de todo esse sofrimento. ME2 411 2 Eva foi intemperante em seus desejos quando estendeu a mão para apanhar o fruto proibido. A satisfação própria tem dominado quase suprema no coração dos homens e mulheres desde a queda. Especialmente o apetite tem sido objeto de condescendência, e eles têm sido controlados por ele em vez de o serem pela razão. Por amor da satisfação do paladar, Eva transgrediu o mandamento de Deus. Ele lhe dera tudo quanto lhe era necessário, e no entanto ela não estava satisfeita. Desde então, seus filhos e filhas caídos têm seguido os desejos de seus olhos e de seu gosto. Têm, como Eva, desconsiderado as proibições feitas por Deus, e seguido uma direção de desobediência, e, como Eva, têm-se lisonjeado de que as conseqüências não seriam tão terríveis como se temera. ME2 411 3 O homem tem menosprezado as leis de seu ser, e a doença foi indo em decidido aumento. A causa se tem feito seguir do efeito. Ele não se tem satisfeito com o alimento mais saudável; antes agrada a seu paladar mesmo à custa da saúde. ME2 411 4 Deus estabeleceu as leis de nosso ser. Caso violemos essas leis, temos de, mais cedo ou mais tarde, pagar a pena. As leis de nosso ser não podem ser violadas com mais êxito do que acumulando no estômago alimento nocivo, por ser desejado por um apetite mórbido. Comer excessivamente, mesmo de alimento simples, terminará por debilitar os órgãos digestivos; acrescente-se a isso, porém, o comer demasiado de comidas nocivas, e o mal é grandemente aumentado. A constituição vem a deteriorar-se. ME2 412 1 A família humana tem-se tornado mais e mais complacente consigo mesma de maneira que a saúde vem sendo por demais sacrificada sobre o altar do apetite concupiscente. Os habitantes do Velho Mundo eram intemperantes no comer e beber. Queriam pratos de carne, embora Deus não lhes houvesse dado permissão de comerem alimento animal. Comiam e bebiam excessivamente, e seu apetite pervertido não conhecia limites. Deram-se a abominável idolatria. Tornaram-se violentos e ferozes, e tão corruptos que Deus não mais os pôde suportar. Encheu-se o cálice de sua iniqüidade, e o Senhor purificou a Terra de sua poluição moral por meio de um dilúvio. Quando os homens se multiplicaram sobre a face do globo depois do dilúvio, esqueceram a Deus, e corromperam seus caminhos perante Ele. Cresceu em grande medida a intemperança em todas as suas formas. ME2 412 2 O Senhor tirou Seu povo do Egito de maneira vitoriosa. Ele os conduziu pelo deserto a fim de prová-los e experimentá-los. Manifestou repetidamente Seu maravilhoso poder em seus livramentos dos inimigos. Prometeu tomá-los para Si, como Seu particular tesouro, caso obedecessem a Sua voz, e guardassem Seus mandamentos. Não lhes proibiu comerem carne de animais, mas restringiu-o em grande medida. Proporcionou-lhes alimento da espécie mais saudável. Fez chover do Céu o seu pão, e deu-lhe a mais pura água, tirada da rocha. Fez com eles um concerto: caso Lhe obedecessem em tudo, guardá-los-ia de enfermidades. ME2 412 3 Os hebreus, porém, não estavam satisfeitos. Desprezaram o alimento a eles dado do Céu, e desejaram voltar ao Egito, onde se sentavam junto às panelas de carne. Preferiam a servidão, e mesmo a morte, a ser privados da carne. Em Sua indignação, Deus deu-lhes carne para satisfação de seus concupiscentes apetites, e grande número deles morreu enquanto ainda estavam comendo o que haviam cobiçado. ME2 412 4 Nadabe e Abiú foram mortos pelo fogo da ira de Deus por sua intemperança no uso do vinho. Deus queria que Seu povo compreendesse que será julgado segundo sua obediência ou transgressões. O crime e a enfermidade têm aumentado a cada geração sucessiva. A intemperança no comer e beber, e satisfação das paixões inferiores, têm obscurecido as faculdades mais nobres. O apetite tem, em proporção alarmante, controlado a razão. ME2 413 1 A família humana tem condescendido com crescente desejo de alimento mais suculento, até que se tornou moda acumular todas as iguarias possíveis no estômago. Em particular em reuniões festivas, condescende-se com o apetite quase sem restrições. Participa-se de opulentos jantares e ceias retardadas compostas de pratos altamente condimentados, com molhos suculentos, bolos indigestos, tortas e sorvetes, etc. ME2 413 2 Professos cristãos tomam geralmente a dianteira nessas reuniões feitas segundo a moda. Grandes somas de dinheiro são sacrificadas aos deuses da moda e do apetite, no preparo de banquetes de iguarias destruidoras da saúde para tentarem o apetite, para que por esse meio sejam arrecadados meios para desígnios religiosos. Assim, ministros e professos cristãos têm desempenhado sua parte e exercido sua influência, por preceito e por exemplo, no condescender com a intemperança no comer, e no dirigir o povo a glutonaria destrutiva da saúde. Em vez de apelarem para a razão do homem, a sua generosidade, sua humanidade, suas faculdades mais nobres, o mais bem-sucedido apelo que pode ser feito é ao apetite. ME2 413 3 A satisfação do apetite induzirá os homens a dar meios quando, de outro modo, nada fariam. Que triste quadro para cristãos! Agradar-Se-á Deus com tal sacrifício? Quão mais aceitável Lhe foi a moeda da viúva! Aqueles que lhe seguem o exemplo, de coração, receberão o "bem está". Obter a bênção do Céu sobre o sacrifício assim feito, pode tornar a mais singela oferta do mais alto valor. ME2 413 4 Homens e mulheres que professam ser seguidores de Cristo, são muitas vezes escravos da moda, e de um apetite glutão. Nos preparativos para reuniões feitas à moda, gasta-se em cozinhar uma variedade de pratos indigestos, tempo e forças que deveriam ser empregados a mais elevados e nobres fins. Por ser moda, muitos que são pobres e dependem do diário labor se dão ao dispêndio de preparar diferentes espécies de bolos condimentados, conservas, tortas e uma variedade de comidas em uso corrente para as visitas, coisas que só prejudicam os que delas partilham; quando, por outro lado, necessitam da quantia assim gasta para comprar roupas para si mesmos e seus filhos. Esse tempo ocupado em cozinhar comidas para satisfazer o gosto com detrimento do estômago, devia ser dedicado à instrução moral e religiosa de seus filhos. ME2 414 1 Visitas segundo a moda se tornam uma ocasião de gulodice. Comidas e bebidas prejudiciais são saboreadas em tal quantidade que sobrecarregam grandemente os órgãos digestivos. As forças vitais são chamadas a desnecessária ação no digeri-las, o que produz exaustão, e perturba grandemente a circulação do sangue e, em resultado, é sentida falta de energia vital em todo o organismo. As bênçãos que poderiam resultar dessas visitas sociais, perdem-se com freqüência, em virtude de vosso anfitrião, em vez de aproveitar com vossa conversação, estar labutando no fogão a preparar uma variedade de pratos para neles vos banqueteardes. Homens e mulheres cristãos nunca devem permitir que sua influência favoreça tal atitude, comendo dos quitutes assim preparados. Fazei-os compreender que o objetivo de vossa visita não é condescender com o apetite, mas vosso intercâmbio de idéias e sentimentos uns com os outros, deve ser uma bênção mútua. A conversação deve ser daquele caráter elevado, enobrecedor que poderá ser posteriormente evocado com sentimentos do mais elevado prazer. ME2 414 2 Os que recebem visitas, devem ter alimentos nutritivos, de frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples e saborosa. Essa maneira de cozinhar não exigirá senão pouco mais de trabalho ou despesa e, delas se partilhando com moderação, não causam dano a ninguém. Se os mundanos preferem sacrificar tempo, dinheiro e saúde para satisfazer o apetite, que o façam, e paguem a pena da transgressão das leis da saúde; os cristãos, porém, tomem sua atitude em relação a essas coisas, e exerçam influência no justo sentido. Muito podem eles fazer para reformar esses costumes segundo a moda, destruidores da saúde e da alma. ME2 414 3 Muitos condescendem com o pernicioso hábito de comer justamente antes da hora de dormir. Podem haver ingerido três refeições regulares; todavia, por sentirem uma sensação de fraqueza, como se fosse fome, comem um lanche, ou quarta refeição. Cedendo a essa prática errônea, ela se tem tornado hábito, e eles sentem como se não pudessem dormir sem fazer um lanche antes de ir deitar-se. Em muitos casos, a causa dessa sensação de fraqueza é haverem os órgãos digestivos sido já sobrecarregados durante o dia no digerir comida prejudicial empurrada no estômago demasiado freqüentemente, e em quantidades excessivas. Os órgãos digestivos, assim abarrotados, ficam cansados, e necessitam um período de inteiro repouso do trabalho para recuperar suas energias exauridas. Não deve nunca ser ingerida uma segunda refeição enquanto o estômago não houver tido tempo para descansar da tarefa de digerir a anterior. Caso se tome uma terceira refeição, esta deve ser leve, e várias horas antes de ir para a cama. ME2 415 1 Mas por parte de muitos, o pobre estômago cansado pode queixar-se de fadiga em vão. Mais comida lhe é imposta, o que põe em movimento os órgãos digestivos, para de novo executar a mesma rotina de labor durante as horas do sono. O sono dessas pessoas é geralmente perturbado com sonhos desagradáveis, e pela manhã acordam não revigoradas. Há uma sensação de langor e perda de apetite. Faz-se sentir falta de energia em todo o organismo. Dentro de pouco tempo o aparelho digestivo se acha exausto, pois não tem tido tempo de repouso. Essas criaturas tornam-se infelizes dispépticas, e cogitam que é que as deixou assim. A causa trouxe o seguro resultado. Caso esse costume seja seguido por longo tempo, a saúde ficará seriamente danificada. O sangue se torna impuro, a pele amarelada, e freqüentemente aparecem erupções. Ouvireis com freqüência dessas pessoas queixas de dores e irritação na região do estômago, e enquanto trabalham, esse órgão fica tão cansado que eles são obrigados a desistir do serviço, e repousar. Elas parecem não saber a que atribuir esse estado de coisas; pois, a não ser isso, estão aparentemente bem de saúde. ME2 415 2 Aqueles que estão mudando de três refeições ao dia para duas, experimentarão a princípio sensação de fraqueza, especialmente ao tempo em que estavam habituados a comer a terceira refeição. Caso, porém, perseverarem por um pouco de tempo, essa sensação desaparecerá. Ao deitar-nos para dormir, o estômago deve ter seu trabalho terminado, para fruir repouso, da mesma maneira que as outras partes do corpo. O trabalho da digestão não deve ser levado avante durante qualquer período das horas de sono. Depois de o estômago, que foi sobrecarregado, haver cumprido sua tarefa, fica exausto, o que ocasiona sensação de debilidade. Aí muitos se enganam, e pensam que seja a falta de alimento que produz essa sensação, e em vez de dar ao órgão tempo de repousar, ingerem mais comida, que pelo momento faz desaparecer aquele mal-estar. E quanto mais se condescende com o apetite, tanto mais serão suas reclamações para ser satisfeito. Essa debilidade é em geral resultado de comer carne, de comer freqüentemente, e demasiado. O estômago fatiga-se por estar sempre em atividade, digerindo comida que não é das mais saudáveis. Sem tempo para restaurar-se, os órgãos digestivos se enfraquecem, e daí a sensação de esvaimento, e desejo de comer com freqüência. O remédio de que essas pessoas precisam é comer menos freqüentemente, e em menor quantidade, e satisfazer-se com alimento simples, tomando-o duas, ou quando muito, três vezes ao dia. O estômago deve ter seus períodos regulares de trabalho e de repouso, e portanto o comer irregularmente e entre as refeições é perniciosíssima violação das leis da saúde. Com hábitos regulares, e comida apropriada, o estômago se restabelecerá gradualmente. ME2 416 1 Por ser moda, em harmonia com apetites mórbidos, atulham-se no estômago bolos indigestos, tortas e pudins, e tudo quanto é nocivo. A mesa precisa estar carregada de uma variedade, do contrário o apetite pervertido não se satisfaz. Pela manhã, esses escravos do apetite revelam muitas vezes mau hálito, e língua ensaburrada. Não gozam saúde, e se admiram por sofrerem dores, dores de cabeça, e várias doenças. A causa trouxe os seguros efeitos. ME2 416 2 Para preservar a saúde, é necessária a temperança em tudo. Temperança no trabalho, temperança no comer e no beber. ME2 416 3 Muitos são tão dados à intemperança que não mudarão de orientação em condescender com a gulodice, sob quaisquer considerações. Mais depressa sacrificariam a saúde, e morreriam prematuramente, do que restringiriam o apetite desordenado. E muitos há que são ignorantes da relação que sua maneira de comer e beber tem com a saúde. Pudessem esses ser esclarecidos, e poderiam possuir coragem moral para renunciar ao apetite, e comer mais moderadamente, e unicamente daquelas comidas que fossem saudáveis, e por sua própria maneira de agir pouparem-se a grande soma de sofrimentos. ME2 416 4 Devem envidar-se esforços para conservar cuidadosamente o restante das forças vitais, suspendendo todo peso excessivo. Talvez o estômago nunca venha a recuperar plenamente a saúde, mas uma orientação adequada no regime alimentar poupará a posterior debilidade, e muitos se recuperarão mais ou menos, a não ser que tenham ido demasiado longe na glutonaria suicida. ME2 416 5 Os que se permitem tornar-se escravos de um apetite mórbido, vão muitas vezes ainda mais longe, e rebaixam-se pela condescendência com paixões corruptas, que foram excitadas pela intemperança em comer e beber. Dão rédea solta a suas degradantes paixões, até que a saúde e o intelecto sofram grandemente. As faculdades de raciocínio são, em grande medida, destruídas pelos maus hábitos. ME2 417 1 Tenho-me admirado de que os habitantes da Terra não fossem destruídos, como o povo de Sodoma e Gomorra. Tenho visto razão suficiente para o atual estado de degeneração e mortalidade no mundo. Cegas paixões controlam a razão, e toda elevada consideração é, por parte de muitos, sacrificada à concupiscência. ME2 417 2 O primeiro grande mal foi intemperança no comer e beber. Homens e mulheres tornaram-se servos do apetite. ME2 417 3 O porco, se bem que um dos artigos mais comuns no regime alimentar, é um dos mais prejudiciais. Deus não proibiu os hebreus de comerem carne de porco meramente para mostrar Sua autoridade, mas porque ela não era artigo de alimentação apropriado para o homem. Encheria o organismo de escrófulas, e especialmente nos climas quentes, produziria lepra, e moléstias de várias espécies. Sua influência sobre o organismo naquele clima era muito mais prejudicial do que em um clima frio. Mas Deus nunca destinou o porco para ser comido sob quaisquer circunstâncias. Os pagãos usavam o porco como alimentação, e o povo americano tem francamente essa carne como importante artigo no regime alimentar. A carne de porco não seria agradável ao paladar em seu estado natural. É tornada agradável ao apetite mediante muitos condimentos, o que torna uma coisa muito má ainda pior. A carne de porco, acima de todas as outras comidas cárneas, produz um mau estado no sangue. Uma pessoa que ingere muito porco, não pode deixar de ser doente. Os que fazem muito exercício ao ar livre não compreendem os maus efeitos da ingestão de carne de suíno como aqueles cuja vida é na maior parte dentro de casa, e cujos hábitos são sedentários, e o trabalho é mental. ME2 417 4 Não é, porém, apenas a saúde física que é prejudicada pelo uso do porco. A mente é afetada, e as mais finas sensibilidades são embotadas pelo uso desse grosseiro artigo de alimentação. Impossível é a carne de qualquer criatura vivente ser saudável, quando a imundície é seu elemento natural, e quando eles se alimentam de tudo quanto é detestável. A carne do porco se compõe daquilo que ele come. Se os seres humanos lhe comem a carne, seu sangue e sua carne ficarão corrompidos pelas impurezas transmitidas pelo porco. ME2 417 5 A ingestão de carne de porco tem produzido escrófulas, lepra e humores cancerosos. Comer carne de porco causa ainda à raça humana o mais intenso sofrimento. Os apetites pervertidos cobiçam as coisas mais nocivas à saúde. A maldição que pesou duramente sobre a Terra, e tem sido sentida por toda a raça humana, tem sido também sentida pelos animais. Os animais têm degenerado nas dimensões, no decorrer dos anos. Têm tido de sofrer mais do que de outro modo sofreriam, devido aos maus hábitos dos homens. ME2 418 1 Não há senão poucos animais isentos de doenças. A muitos tem sido imposto muito sofrimento pela falta de luz, de ar puro e de alimento saudável. Quando são engordados, ficam muitas vezes confinados em estábulos fechados, não lhes sendo permitido fazer exercício, e fruir abundante circulação de ar. Muitos pobres animais são deixados a respirar o veneno da imundície deixada nos celeiros e estábulos. Seus pulmões não permanecem sãos quando inalando tais impurezas. A doença é levada ao fígado, e todo o organismo do animal fica doente. Eles são mortos, e preparados para o mercado, e o povo come à vontade dessa comida animal envenenada. Muita doença é assim causada. Mas não se pode fazer o povo acreditar que é a carne que ingerem que lhes tem envenenado o sangue, e ocasionado seus sofrimentos. Muitos morrem de doenças produzidas inteiramente pelo uso da carne, e todavia o mundo não parece tornar-se mais sábio. ME2 418 2 Por que os que participam de alimento cárneo não experimentam imediatamente seus efeitos não se pode deduzir que ele não lhes faça mal. Ele pode estar agindo com segurança em seu organismo, e todavia a pessoa por algum tempo não percebe nada. ME2 418 3 Aglomeram-se animais em carros fechados, e ficam quase privados de ar e de luz, de alimento e água, e são assim levados por milhares de quilômetros, respirando o ar contaminado que se ergue da sujeira acumulada, e ao chegarem a seu destino, e serem tirados dos carros, muitos se encontram meio mortos de fome, sufocados pelo pó, e se fossem deixados sós, morreriam por si mesmos. Mas o açougueiro completa a obra, e prepara a carne para o mercado. ME2 418 4 São freqüentemente mortos animais que foram tangidos por boa distância para o matadouro. O sangue acha-se aquecido. Estão cheios de carnes, mas privados do saudável exercício, e quando têm de viajar para longe, ficam enfermiços e exaustos, e nessa condição são mortos para o mercado. Seu sangue se encontra grandemente excitado, e os que comerem de sua carne ingerem veneno. Alguns não são imediatamente afetados, ao passo que outros são atacados de forte sofrimento, e morrem de febre, cólera, ou alguma doença desconhecida. Muitos animais são vendidos para o mercado da cidade com conhecimento de estarem doentes por parte dos que os vendem, e os que os compram para o mercado nem sempre estão ignorantes do fato. Especialmente nas cidades maiores isto é feito em grande extensão, e os comedores de carne não sabem que estão ingerindo carne de animais enfermos. ME2 419 1 Alguns animais levados ao matadouro parecem compreender o que deve ocorrer, e ficam furiosos, e positivamente loucos. E são mortos enquanto nesse estado, e sua carne preparada para o mercado. Sua carne é veneno, e tem produzido nos que a comem cãibras, convulsões, apoplexia e morte súbita. Todavia a causa de todo esse sofrimento não é atribuído à carne. Alguns animais são desumanamente tratados enquanto levados ao matadouro. São positivamente torturados, e depois que suportaram muitas horas de extremo sofrimento, são brutalmente mortos. Porcos têm sido preparados para o mercado mesmo quando atacados de praga, e sua carne envenenada tem espalhado doenças contagiosas, seguindo-se grande mortalidade. -- How to Live, 1:51-60. Capítulo 2 ME2 420 1 Homens e mulheres, pela condescendência com o apetite no comer alimentos suculentos e altamente condimentados, em especial cárneos, com molhos indigestos, e pelo uso de bebidas estimulantes, como chá e café, desenvolvem apetites não naturais. O organismo fica febril, o aparelho digestivo é prejudicado, as faculdades mentais são obscurecidas, ao passo que as paixões inferiores são excitadas, e predominam sobre as outras, mais nobres. O apetite se torna mais desnatural, e mais difícil de restringir. A circulação do sangue não é equilibrada, e torna-se impura. Todo o organismo se desarranja, e as exigências do apetite se tornam mais irrazoáveis, desejando ardentemente coisas excitantes, nocivas, até que fica de todo pervertido. ME2 420 2 Por parte de muitos, o apetite clama pela repugnante erva, o fumo, e a cerveja, tornada forte por misturas venenosas, destruidoras da saúde. Muitos não param nem aí. Seu apetite pervertido reclama bebida mais forte, que exerce mais obscurecedora influência sobre o cérebro. Entregam-se assim a todo excesso, até que o apetite toma inteiro controle sobre as faculdades de raciocínio; e o homem, formado à imagem de seu Criador, rebaixa-se a nível inferior ao dos animais. A varonilidade e a honra são juntamente sacrificadas ao apetite. Levou tempo a embotar as sensibilidades da mente. Isto foi feito gradual mas seguramente. A condescendência com o apetite primeiro, em comer alimentos altamente condimentados, criou um apetite mórbido, e preparou o caminho para toda espécie de condescendência, até que saúde e intelecto foram sacrificados à concupiscência. ME2 420 3 Muitas pessoas entraram nas relações matrimoniais sem haverem adquirido propriedade, nem haverem tido nenhuma herança. Não possuíam força física, ou energia mental para adquirir propriedades. Têm sido justamente esses que mais apressados são em casar-se, e tomaram sobre si mesmos responsabilidades de que não possuíam um justo senso. Não eram dotados de sentimentos nobres, elevados, nem tinham uma justa idéia do dever de um marido e pai, e do que lhe custaria prover às necessidades de uma família. E não mostraram mais adequação no aumento de sua família do que manifestaram em suas transações de negócios. Os que são seriamente deficientes em tato nos negócios, e que são menos qualificados para ser bem-sucedidos no mundo, enchem geralmente a casa de filhos; ao passo que os homens dotados de habilidades para adquirir bens não têm em geral mais filhos do que aqueles dos quais podem cuidar devidamente. Os que não são habilitados a cuidar de si mesmos não devem ter filhos. Tem sido o caso que a numerosa prole desses fracos calculistas são deixados a crescer como os animais. Não são devidamente alimentados ou vestidos, e não recebem preparo físico ou mental, e não há nada de sagrado na palavra lar, nem para os pais nem para os filhos. ME2 421 1 A instituição matrimonial foi designada pelo Céu para ser uma bênção ao homem; em sentido geral, porém, ela tem sido tão maltratada que se torna terrível maldição. A maioria dos homens e mulheres tem agido na relação conjugal como se a única questão para eles assentarem fosse amarem-se um ao outro. Devem, no entanto compreender que impende sobre eles nessa união outra responsabilidade além dessa. Cumpre-lhes considerar se sua prole possuirá saúde física, e força mental e moral. Poucos, porém, têm agido com elevados motivos e altas considerações -- de que a sociedade tem sobre eles direitos que eles não podem afastar levianamente -- que o peso da influência de sua família se fará sentir na escala positiva ou negativa. ME2 421 2 A sociedade compõe-se de famílias. E chefes de família são responsáveis pelo molde da sociedade. Fossem os que decidem entrar no pacto matrimonial sem a devida consideração sozinhos a sofrer, então o mal não seria tão grande, e relativamente pequeno seria o seu pecado. Mas a miséria que se levanta de casamentos infelizes é sentida pelos seus rebentos. Arrastam após si uma vida de miséria; e se bem que inocentes, sofrem as conseqüências da orientação inconsiderada dos pais. Homens e mulheres não têm o direito de seguir impulsos, ou paixão cega em sua relação matrimonial, e depois trazer ao mundo inocentes crianças para compreenderem, de várias causas, que a vida não tem senão bem pouco de alegria, de felicidade, sendo portanto um fardo. ME2 421 3 Os filhos herdam geralmente os traços particulares de caráter dos pais, e além de tudo isso, muitos crescem sem qualquer influência redentora ao seu redor. São freqüentemente amontoados na pobreza e na imundície. Com tais arredores e exemplos, que se pode esperar das crianças ao chegarem ao cenário da ação, a não ser que venham a imergir mais baixo na escala do valor moral que seus pais, e suas deficiências sejam a todos os respeitos mais acentuadas que as deles? Assim tem essa classe perpetuado suas deficiências, e arruinado sua prole com a pobreza, a imbecilidade e a degradação. Essas pessoas não se deveriam haver casado. Pelo menos, não deveriam haver trazido à existência inocentes filhos para partilharem de sua miséria, e transmitirem-lhes os seus defeitos, com acumulação de misérias, de geração em geração, o que é uma grande causa de degeneração da raça. ME2 422 1 Caso as mulheres das gerações passadas houvessem agido sempre movidas por considerações elevadas, compreendendo que as gerações futuras seriam enobrecidas ou degradadas por seu procedimento, haveriam tomado a atitude de não unirem os interesses de sua vida com homens que nutriam gostos anormais, por bebidas alcoólicas, fumo, que é um veneno lento mas seguro e mortífero, enfraquecendo o sistema nervoso, e rebaixando as nobres faculdades da mente. Caso os homens queiram permanecer ligados a esses hábitos vis, as mulheres devem deixá-los a sua bem-aventurança de solteiros, a fruírem esses companheiros que preferem. Elas não se deviam haver considerado de tão pouco valor que unissem seu destino com homens que não tinham domínio sobre seus apetites, mas cuja principal felicidade consistia em comer e beber, e satisfazer suas paixões animais. As mulheres nem sempre têm seguido os ditames da razão em vez de ao impulso. Não têm sentido em alto grau as responsabilidades que sobre elas impendem, para formar ligações tais que não haveriam de imprimir em seus descendentes um baixo nível moral, e uma paixão para satisfazer apetites depravados, a custo da saúde, e mesmo da vida. Deus as considerará responsáveis em alto grau pela saúde física e o caráter moral assim transmitido às gerações futuras. ME2 422 2 Os homens e as mulheres que corromperam o próprio corpo por hábitos dissolutos, rebaixaram também sua inteligência, e destruíram as finas sensibilidades da alma. Muitíssimos dessa classe se casaram, e deixaram por herança a seus descendentes as manchas de sua própria debilidade física e costumes depravados. A satisfação das paixões animais, a grosseira sensualidade, têm sido os assinalados característicos de sua posteridade, descendo de geração em geração, aumentando a terrível grau a miséria humana, e apressando a depreciação da raça. ME2 423 1 Homens e mulheres que se tornaram doentios e cheios de enfermidades, muitas vezes em suas ligações matrimoniais têm pensado egoistamente só em sua própria felicidade. Não têm considerado seriamente o assunto do ponto de vista de princípios nobres, elevados, raciocinando com relação ao que podiam esperar de seus descendentes: nada senão diminuída energia física e mental, que não elevaria a sociedade, antes imergi-la-ia ainda mais baixo. ME2 423 2 Homens doentios têm muitas vezes conquistado a afeição de mulheres aparentemente sadias, e porque se amavam, sentiram-se em perfeita liberdade de casar, nem considerando que por sua união a esposa deve ser mais ou menos uma sofredora, devido a seu marido doente. Em muitos casos esse marido melhora de saúde, enquanto a esposa adquire o mal. Ele vive em muito da vitalidade dela que se queixa em breve do debilitamento da sua. Ele prolonga seus dias encurtando os dela. Os que assim se casam cometem pecado em considerar levemente a vida e a saúde a eles dadas por Deus para serem usadas para Sua honra e glória. Mas se apenas os que entram assim nas relações matrimoniais fossem afetados, o pecado não seria tão grande. Seus descendentes são forçados a ser sofredores por doença transmitida. E assim se tem perpetuado a doença de geração em geração. E muitos acusam a Deus de todo esse peso de miséria humana, quando seu errado modo de viver tem ocasionado os seguros resultados. Lançaram sobre a sociedade uma raça enfraquecida, e fizeram sua parte para deterioração da raça humana mediante o tornar a doença hereditária, acumulando assim os sofrimentos do homem. ME2 423 3 Outra causa da deficiência da geração atual em resistência física e valor moral é se unirem homens e mulheres em casamento com idades muito diferentes. Dá-se freqüentemente que homens idosos escolhem jovens para casar. Assim fazendo, a vida do marido se tem prolongado, ao passo que a esposa tem de sentir a falta daquela vitalidade que ela comunica ao seu marido velho. Não é dever de nenhuma mulher sacrificar a vida e a saúde, mesmo que ela amasse a alguém muito mais idoso que ela, e estivesse disposta, por sua parte, a fazer tal sacrifício. Deveria haver restringido suas afeições. Tinha a consultar considerações mais altas que seu próprio interesse. Ela deve considerar: no caso de nascerem filhos, qual seria sua condição? Pior ainda é um rapaz casar com uma mulher consideravelmente mais velha que ele. Os rebentos de tais uniões, em muitos casos, em que as idades diferem grandemente, não possuem mentes bem equilibradas. Têm sido também deficientes em resistência física. Em famílias assim, tem-se freqüentemente manifestado traços de caráter variado, peculiar, e muitas vezes penosos. Morrem muitas vezes prematuramente, e os que chegam à maturidade, são em muitos casos deficientes em força física e mental, bem como em valor moral. ME2 424 1 O pai raramente está preparado, com suas faculdades em declínio, para criar sua jovem família. Esses filhos têm traços peculiares de caráter, que precisam constantemente uma influência contrabalançadora, do contrário vão certamente à ruína. Não são devidamente educados. Sua disciplina tem sido muitas vezes daquela espécie dirigida por caprichosos impulsos, devido à idade do progenitor. O pai tem sido susceptível a sentimentos variáveis. Uma vez, demasiado indulgente, ao passo que noutra é injustificavelmente severo. Tudo, em algumas famílias, está errado. E aumenta grandemente o infortúnio doméstico. Dessa maneira tem sido lançada ao mundo uma classe de seres como carga para a sociedade. Seus pais foram responsáveis em alto grau pelo caráter desenvolvido por seus filhos, o qual é transmitido de geração a geração. ME2 424 2 Os que acrescentam o número de seus filhos, quando, se consultassem a razão, deveriam saber que a fraqueza física e mental tem de ser sua herança, são transgressores dos últimos seis preceitos da lei de Deus, que especificam o dever do homem para com seus semelhantes. Eles fazem sua parte em acrescentar a degenerescência da raça, e no imergir a sociedade mais baixo, prejudicando assim seus semelhantes. Se Deus assim considera os direitos do próximo, não tem Ele cuidado quanto à relação mais estreita e mais sagrada? Se nem uma andorinha cai em terra sem que Ele o note, não Se aperceberá das crianças nascidas no mundo, física e mentalmente enfermas, sofrendo em maior ou menor grau, toda a sua vida? Não chamará a contas os pais, aos quais deu a faculdade do raciocínio, por colocarem essas faculdades superiores para trás, e tornarem-se escravos da paixão quando, em resultado disso, gerações terão de levar sobre si o estigma de suas deficiências físicas, mentais e morais? Em acréscimo ao sofrimento que eles legam a seus filhos, não têm nenhum quinhão senão pobreza a deixar a seu lamentável rebanho. Eles não podem educá-los, e muitos não vêem a necessidade, nem poderiam se a vissem, encontrar tempo de prepará-los, e instruí-los, e diminuir o quanto possível, a infeliz herança a eles legada. Os pais não devem aumentar a família mais depressa do que saibam que seus filhos possam ser bem cuidados e educados. Uma criança nos braços de sua mãe a cada ano é grande injustiça para com ela. Isto diminui, e muitas vezes destrói a fruição social, e acrescenta a desdita doméstica. Priva os filhos do cuidado, da educação e da felicidade que os pais deveriam sentir ser dever seu conceder-lhes. ME2 425 1 O marido transgride o voto matrimonial, e os deveres a ele impostos na Palavra de Deus, quando desconsidera a saúde e a felicidade da esposa, aumentando-lhe os encargos e cuidados mediante numerosa prole. "Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela." "Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja." Efésios 5:25, 28, 29. ME2 425 2 Vemos essa santa ordem quase inteiramente menosprezada, mesmo por professos cristãos. Por toda parte a que podeis olhar, vereis mulheres pálidas, doentias, esgotadas, alquebradas, deprimidas, desanimadas. São em geral sobrecarregadas de trabalho, e as energias vitais exauridas pelos partos freqüentes. O mundo está cheio de imagens de seres humanos que não têm nenhum valor para a sociedade. Muitos são deficientes de inteligência, e muitos que possuem talentos naturais não os empregam para quaisquer fins beneficentes. Não têm cultura, e uma das grandes razões disto é: os filhos se multiplicaram mais depressa do que podiam ser bem educados, e foram deixados crescer mais ou menos à semelhança dos animais. ME2 425 3 Os filhos desta geração estão sofrendo com seus pais, mais ou menos a pena da violação das leis da saúde. O procedimento geralmente seguido com eles, desde a infância, acha-se em contínua oposição às leis de seu ser. Foram forçados a receber infeliz herança de doenças e debilidade, antes do nascimento, ocasionadas pelos hábitos errôneos de seus pais, hábitos que os afetarão em maior ou menor grau no decorrer da vida. Este mau estado de coisas é tornado em todas as maneiras pior por continuarem os pais a seguir uma errada orientação no preparo físico de seus filhos através da infância. ME2 426 1 Os pais manifestam surpreendente ignorância, indiferença e negligência quanto à saúde física de seus filhos, o que comumente resulta em destruir a pouca vitalidade que resta à maltratada criancinha, destinando-a a uma morte prematura. Ouvireis com freqüência os pais lamentarem a providência de Deus, que lhes arrebatou dos braços os filhinhos. Nosso Pai celeste é demasiado sábio para errar, e bom demais para nos fazer injustiça. Ele não Se deleita em ver sofrer Suas criaturas. Milhares de pessoas foram arruinadas para a vida em virtude de os pais não haverem procedido em harmonia com as leis da saúde. Agiram por impulso em vez de seguir os ditames de um são discernimento, tendo constantemente em vista o bem futuro de seus filhos. ME2 426 2 O primeiro grande objetivo a ser atingido na educação dos filhos é uma sã constituição, que prepare em grande maneira o caminho para a educação mental e moral. A saúde física e a moral se acham estreitamente unidas. Que enorme peso de responsabilidade repousa sobre os pais, quando consideramos que a direção por eles seguida, antes do nascimento de seus filhos, tem muito que ver com o desenvolvimento do caráter deles depois do nascimento. ME2 426 3 Muitos filhos são deixados crescer com menos atenção da parte dos pais do que um bom fazendeiro devota aos mudos animais. Os pais, especialmente, são muitas vezes culpados de manifestar menos cuidado pela esposa e os filhos do que o que é manifestado a seu gado. Um fazendeiro compassivo tomará tempo, e devotará especial atenção quanto à melhor maneira de lidar com seus animais, e será exigente em que seus cavalos de valor não sejam sobrecarregados de trabalho, alimentados em excesso ou quando excitados, para que não sejam estragados. Dedicará tempo e carinho a seu gado, para que não sejam prejudicados por negligência, exposição, ou qualquer tratamento impróprio, e seu crescente rebanho jovem se deprecie em valor. Observará períodos regulares para serem alimentados, e saberá a quantidade de trabalho que eles podem fazer sem se prejudicarem. A fim de isto conseguir, prover-lhes-á apenas o alimento mais saudável, nas porções apropriadas, e a determinados períodos. Por seguirem assim os ditames da razão, os fazendeiros são bem-sucedidos em conservar a resistência de seus animais. Se o interesse de cada pai por sua esposa e seus filhos correspondesse ao cuidado manifestado por seu gado, proporcionalmente ao grau de valor de sua vida em comparação com a dos mudos animais, haveria inteira reforma em toda família, e a infelicidade humana seria incomparavelmente menor. ME2 427 1 Grande cuidado deve ser mostrado pelos pais em prover os artigos de alimentação mais saudáveis para si mesmos e para seus filhos. E em caso algum devem eles pôr diante dos filhos comida que sua razão lhes ensina que não é conducente à saúde, mas iria tornar o organismo febricitante, e desarranjar os órgãos digestivos. Os pais não estudam de causa para efeito, com relação a seus filhos, como o fazem relativamente aos irracionais que possuem, e não raciocinam que sobrecarregar de trabalho, comer após violento exercício e quando muito exausto e excitado, prejudicará a saúde dos seres humanos, da mesma maneira que a dos mudos animais, lançando as bases para uma constituição alquebrada no homem, da mesma maneira que nos animais. ME2 427 2 Caso pais ou filhos comam com freqüência, irregularmente, e em quantidades demasiado grandes, mesmo que seja dos alimentos mais saudáveis, isto prejudica a constituição; mas se além disso a comida é de qualidade imprópria e preparada com gordura [animal], e condimentos indigestos, muito mais nocivo será o resultado. Os órgãos digestivos serão duramente sobrecarregados, e à pobre natureza exausta não será dada senão pequena chance para descansar, e recuperar as forças, e os órgãos vitais dentro em pouco ficarão debilitados e exaustos. Se o cuidado e a regularidade são considerados necessários aos irracionais, são tanto mais essenciais aos seres humanos, formados à imagem de seu Criador quanto eles são de valor superior ao dos animais. ME2 427 3 Em muitos casos, o pai é menos razoável e tem menos cuidado pela esposa durante o período da gravidez, do que o que manifesta por seu gado e suas crias. A mãe, em muitos casos, antes do nascimento dos filhos, é deixada a trabalhar cedo e tarde, excitando o sangue, enquanto prepara pratos nocivos para satisfazer o apetite pervertido da família e das visitas. Suas forças deviam ser tratadas ternamente. O preparo de uma comida saudável haveria exigido apenas cerca da metade da despesa e do trabalho, e haveria sido muito mais nutritiva. ME2 427 4 Antes do nascimento dos filhos, a mãe é com freqüência deixada a trabalhar além de suas forças. Raramente suas cargas são diminuídas, e esse período, que devia ser para ela, mais que todos os outros, de descanso, é de fadiga, tristeza e sombras. Em virtude do grande esforço de sua parte, ela priva seu rebento daquela nutrição que a natureza providenciou para ele, e aquecendo o sangue, comunica-lhe má qualidade de sangue. O pequenino é privado de sua vitalidade, privado de resistência física e mental. O pai deve pensar em como tornar feliz a mãe. Não se deve permitir chegar em casa com a fronte anuviada. Caso fique perplexo em sua ocupação, não deve, a não ser que seja realmente necessário aconselhar-se com a esposa, perturbá-la com tais assuntos. Ela tem cuidados e provas seus próprios a suportar, e deve ser ternamente poupada a todo trabalho desnecessário. ME2 428 1 A mãe encontra muitas vezes fria reserva da parte do pai. Se tudo não corre tão agradavelmente como ele poderia desejar, culpa a esposa e mãe, e parece indiferente a seus cuidados e provas diários. Os homens que assim procedem estão trabalhando diretamente contra seus próprios interesse e felicidade. A mãe fica desanimada. Fogem dela a esperança e a animação. Anda em seus afazeres maquinalmente, sabendo que devem ser efetuados, o que em breve lhe debilita a saúde física e mental. Nascem-lhe filhos sofrendo várias doenças, e Deus considera os pais responsáveis em grande medida; pois foram seus hábitos errôneos que fixaram a doença em seus filhos por nascer, pela qual devem sofrer por toda a existência. Alguns não vivem senão por um breve espaço de tempo, com seu fardo de debilidade. A mãe vela ansiosamente pela vida de sua criança, e verga ao peso da dor ao ter de cerrar-lhe os olhos na morte, e muitas vezes considera a Deus como o autor de toda esta aflição, quando na verdade os pais foram os assassinos de seu próprio filho. ME2 428 2 O pai deve ter em mente que o tratamento da esposa antes do nascimento de seu filhinho afetará grandemente a disposição da mãe durante aquele período, e terá muito que ver com o caráter desenvolvido pela criança após o nascimento. Muitos pais ficaram tão ansiosos de obterem depressa alguma propriedade, que considerações superiores foram sacrificadas, e alguns homens têm sido criminosamente negligentes com a mãe e seu rebento, e muitas vezes a vida de ambos foi sacrificada ao forte desejo de acumular fortuna. Muitos não sofrem imediatamente essa severa pena por seu mau proceder, e dormem quanto ao resultado de sua conduta. A condição da mulher não é às vezes melhor que a de uma escrava, e ocasiões ela é tão culpada quanto ao marido de desperdiçar as forças físicas para obter meios para viver segundo à moda. É um crime da parte dessas pessoas terem filhos, pois sua prole será com freqüência deficiente, em valor físico, mental e moral, e levará o cunho da infelicidade, mesquinhez e egoísmo dos pais, e o mundo será infelicitado por sua mesquinhez. ME2 429 1 É dever de homens e mulheres agir segundo a razão relativamente a seu labor. Não devem exaurir as energias desnecessariamente, pois assim fazendo, não somente trazem sofrimentos a si próprios, mas por seus erros, acarretam ansiedade, fadiga e sofrimento àqueles a quem amam. Que requer tal soma de trabalho? Intemperança no comer e no beber, e o desejo de riqueza têm levado a essa intemperança. Caso o apetite seja controlado, e seja ingerido apenas o alimento saudável, haverá tanta economia nas despesas, que homens e mulheres não serão compelidos a trabalhar além de suas forças, violando assim as leis da saúde. O desejo de homens e mulheres de acumular propriedade não é pecado caso em seus esforços para atingirem seu objetivo não esquecerem a Deus, nem transgredirem os últimos seis preceitos de Jeová, que dita o dever do homem para com os semelhantes, colocando-os em posição em que lhes é impossível glorificar a Deus em seu corpo e espírito, que Lhe pertencem. Se em sua pressa de enriquecer eles sobrecarregam as próprias energias, e transgridem as leis de seu ser, situam-se de maneira a não lhes ser possível prestar a Deus serviço perfeito, e seguem uma direção pecaminosa. Os bens assim obtidos são-no a custa de imenso sacrifício. ME2 429 2 Árduo labor e ansioso cuidado, tornam muitas vezes o pai impaciente, nervoso e exigente. Não nota o olhar fatigado da esposa, que tem trabalhado com suas forças mais débeis, tão arduamente como ele próprio, com suas mais vigorosas energias. Ele tolera afadigar-se com seus negócios e, por sua ansiedade para enriquecer, perde em grande medida o senso da obrigação que tem para com sua família, e não mede com justiça a capacidade de resistência de sua mulher. Aumenta com freqüência suas terras, o que exige acréscimo de auxílio assalariado, o que aumenta necessariamente os serviços domésticos. A mulher compreende dia a dia estar fazendo demasiado trabalho para suas forças, todavia continua trabalhando pensando que o serviço precisa ser feito. Ela está continuamente entrando no futuro, sacando de seus futuros recursos de energia, e vivendo assim de capital emprestado, e no período em que ela necessita dessa força, não a encontra a sua disposição; e se ela não perde a vida, sua constituição se encontra alquebrada e além de recuperação. ME2 429 3 Caso o pai procurasse conhecer as leis físicas, compreenderia melhor suas obrigações e responsabilidades. Veria que havia sido culpado quase de matar seus filhos mediante o permitir que tantos fardos impendessem sobre a mãe, e compelindo-a a trabalhar além de suas forças antes do nascimento das crianças, a fim de obter meios para lhes deixar. Eles tratam desses filhos durante sua vida de sofrimento, e muitas vezes os levam prematuramente à sepultura, mal compreendendo que seu errôneo procedimento trouxe o seguro resultado. Quão melhor haveria sido proteger a mãe de seus filhos de fatigante labor e ansiedade mental, e permitir que eles herdassem uma boa constituição, e dar-lhes oportunidade de batalhar através de seu caminho na vida não descansando nos bens de seu pai, mas em sua própria força dinâmica. A experiência assim obtida seria para eles de mais valor que casas e terras adquiridas a preço da saúde da mãe e dos filhos. ME2 430 1 Parece perfeitamente natural a alguns homens serem mal-humorados, egoístas, exigentes e autoritários. Nunca aprenderam a lição do domínio de si mesmos, e não refrearão seus sentimentos irrazoáveis, sejam as conseqüências quais forem. Esses homens serão recompensados vendo sua companheira doentia, desalentada, e os filhos apresentando as peculiaridades de seus próprios desagradáveis traços de caráter. ME2 430 2 É dever de todo casal evitar com atenção ferir os sentimentos um do outro. Devem dominar todo olhar e expressão de impaciência e cólera. Devem considerar a felicidade um do outro, nas coisas pequenas como nas grandes, manifestando terna solicitude em reconhecer os atos de bondade, as pequeninas cortesias mútuas. Estas pequenas coisas não devem ser negligenciadas, pois são tão importantes para a felicidade do homem e da esposa como o alimento é necessário para manutenção das forças físicas. O marido deve encorajar a esposa e mãe a apoiar-se nas grandes afeições dele. Palavras bondosas, animadoras e comunicativas de coragem da parte dele, a quem ela confiou a felicidade de sua vida, ser-lhe-ão mais benéficas que qualquer remédio; e os alegres raios de luz que essas palavras de simpatia levarão ao coração da esposa e mãe, refletirão sobre o coração do pai seu brilho de animação. ME2 430 3 O marido verá freqüentemente sua esposa gasta pelos cuidados e enfraquecida, ficando prematuramente envelhecida no labor de preparar alimento que satisfaça ao apetite viciado. Ele satisfaz o apetite, e comerá e beberá aquilo que custa muito tempo e trabalho a preparar para a mesa, e que tem a tendência de tornar nervosos e irritáveis os que participam dessas coisas prejudiciais. A esposa e mãe raro se acha livre da dor de cabeça, e os filhos sofrem o efeito de comerem alimentos nocivos, e há grande falta de paciência e afeição entre pais e filhos. Todos são juntamente sofredores, pois a saúde é sacrificada ao apetite concupiscente. Antes de seu nascimento, a prole recebe a transmissão de doença e de um apetite mórbido. E a irritabilidade, o nervosismo e o acabrunhamento manifestados pela mãe assinalarão o caráter de seus filhos. ME2 431 1 Houvessem as mães das gerações passadas se informado quanto às leis de seu corpo, haveriam compreendido que sua resistência constitucional, bem como o tono moral, e suas faculdades mentais, haveriam de ser em grande medida apresentados em seus descendentes. Sua ignorância a respeito desse assunto, em que tanto se acha envolvido, é criminosa. Muitas mulheres nunca se deveriam haver tornado mães. Tinham o sangue cheio de escrófulas, a elas transmitidas por seus pais, e aumentadas por sua vulgar maneira de viver. O intelecto foi rebaixado, escravizado a servir os apetites animais, e os filhos nascidos de pais assim, têm sido pobres sofredores, e de bem pouco proveito à sociedade. ME2 431 2 Uma das grandes causas de degeneração nas gerações passadas e até ao presente, é que as esposas e mães que de outro modo haveriam sido de benéfica influência sobre a sociedade no erguer as normas morais, perderam-se para a sociedade pela multiplicidade dos cuidados domésticos em virtude da maneira de cozinhar em voga, destruidora da saúde, e também em conseqüência dos partos demasiado freqüentes. Ela tem sido forçada a desnecessário sofrimento, sua constituição tem-se debilitado, enfraquecido o intelecto devido a tanto saque em seus recursos vitais. Os filhos sofrem sua fraqueza, e é lançada sobre a sociedade uma classe deficiente em virtude da inaptidão dela, para educá-los para ser de alguma utilidade. ME2 431 3 Caso essas mães houvessem dado à luz poucos filhos, e se estes houvessem sido cuidadosos em viver de comida que lhes conservas-se a saúde física e a resistência mental, de modo que a moral e o intelecto predominassem sobre o animal, elas poderiam tanto educar seus filhos para a utilidade como para serem brilhantes ornamentos da sociedade. ME2 431 4 Houvessem os pais nas gerações passadas, com firmeza de propósito, conservado o corpo em sujeição à mente, e não permitissem que o intelecto fosse escravizado pelas paixões animais, haveria nesta geração diversa ordem de seres na Terra. E se a mãe antes do nascimento de seus filhos houvesse sempre exercido o domínio de si mesma, compreendendo que estava imprimindo o caráter das gerações futuras, o estado presente da sociedade não se haveria depreciado tanto no que respeita ao caráter como se encontra na atualidade. ME2 432 1 Toda mulher prestes a tornar-se mãe, deve cultivar constantemente, sejam quais forem as circunstâncias, uma disposição feliz, animada, contente, sabendo que por todos os seus esforços nessa direção será recompensada dez vezes mais no físico assim como no caráter moral de sua prole. E isto não é tudo. Ela pode, pelo hábito, acostumar-se a pensar animosamente, estimulando assim um feliz estado mental e lançar sobre a família, bem como sobre aqueles com quem está em contato, um animoso reflexo de sua própria felicidade de espírito. E sua saúde física experimentará considerável melhora. Comunicar-se-á vigor às fontes vitais, o sangue não se moverá preguiçosamente como aconteceria caso ela se entregasse ao acabrunhamento, às sombras. Sua saúde mental e moral é avigorada pela elasticidade de seu espírito. O poder da vontade pode resistir a impressões mentais, e demonstrar-se-á grande calmante nervoso. As crianças privadas daquela vitalidade que deviam haver herdado dos pais, devem receber o máximo cuidado. Por acurada atenção às leis de seu ser, pode ser estabelecida condição muito melhor. ME2 432 2 É crítico o período em que o infante recebe nutrição de sua mãe. Muitas mães, enquanto amamentam os filhos, são deixadas trabalhar excessivamente, aquecer o sangue ao cozinhar, e o pequenino é seriamente afetado, não somente com alimento agitado do seio materno, mas seu sangue é envenenado pelo regime prejudicial da mãe, que tem agitado todo o seu organismo, o que afeta o alimento da criança. Esta será afetada também pelo estado mental materno. Se ela está infeliz, se fica facilmente excitada, irritável, dando vazão a explosões de temperamento, a comida que a criança recebe de sua mãe será abrasada, produzindo muitas vezes cólica, espasmos e, em certos casos, ocasionando convulsões e ataques. ME2 432 3 O caráter do infante também é em maior ou menor grau afetado pela natureza da alimentação recebida de sua mãe. Quão importante, pois, que esta, enquanto aleitando seu pequenino, conserve feliz estado mental, tendo perfeito domínio sobre o próprio espírito. Assim fazendo, o alimento da criança não é danificado, e a maneira calma, dominada, mantida pela mãe no lidar com seu filhinho tem muito que ver com o moldar de sua mente. Se ele é nervoso, facilmente agitado, o modo cuidadoso e moderado da mãe terá suavizadora e corretiva influência, e a saúde do pequenino pode ser muito melhorada. ME2 433 1 Os nenês têm sido grandemente maltratados mediante um trato errôneo. Se ele estava desassossegado, era geralmente alimentado para fazê-lo aquietar, quando, na maioria dos casos, a própria causa do desassossego era justamente haver ele recebido demasiado alimento, tornados nocivos pelos hábitos errôneos de sua mãe. Mais comida só podia tornar o caso pior, pois seu estômago já se achava sobrecarregado. ME2 433 2 As crianças são em geral criadas desde o berço para condescender com o apetite, e são ensinadas que vivem para comer. A mãe faz muito para formação do caráter de seus filhos em sua infância. Pode ensinar-lhes a reger o apetite, ou a condescender com ele, e tornarem-se gulosos. A mãe arranja muitas vezes seus planos para fazer certa quantidade de trabalhos durante o dia, e quando as crianças a perturbam, em vez de tomar tempo para acalmá-las em suas pequeninas aflições, e distraí-las, dá-lhes alguma coisa para comer a fim de as conservar quietas, o que corresponde ao desígnio por alguns momentos, mas torna finalmente as coisas piores. O estômago das crianças é abarrotado de comida, quando não tinham dela nenhuma necessidade. Tudo quanto era preciso, era um pouquinho de tempo e atenção da parte da mãe. Ela, porém, considerava demasiado precioso esse tempo para consagrar a distrair seus filhos. Talvez o arranjo de seu lar com bom gosto para ser elogiado pelas visitas, e preparar sua refeição segundo a moda, são para ela de mais consideração que a felicidade e a saúde de seus pequeninos. ME2 433 3 A intemperança no alimento e no trabalho debilita os pais, tornando-os muitas vezes nervosos, e incapacitando-os para se desempenharem devidamente de seus deveres para com os filhos. Três vezes ao dia reúnem-se os pais com as crianças ao redor da mesa, carregada de uma variedade de alimentos preparados como é da moda. Os méritos de cada prato devem ser experimentados. Talvez a mãe tenha labutado até ficar agitada, exausta, e não estar em condições de tomar sequer o mais simples alimento enquanto não houvesse primeiro tido um período de descanso. A comida que se cansou em preparar, era de todo imprópria para ela em qualquer ocasião, mas sobrecarrega especialmente os órgãos digestivos quando o sangue está excitado e o corpo exausto. Aqueles que assim têm persistido em transgredir as leis de seu ser, têm sido compelidos a pagar a pena em algum período de sua existência. ME2 434 1 Há fartas razões de existirem tantas mulheres nervosas no mundo, queixando-se de dispepsia, com seu cortejo de males. A causa tem sido acompanhada dos efeitos. É impossível pessoas intemperantes serem pacientes. Precisam primeiro reformar os maus hábitos, aprender a viver saudavelmente, e então não será difícil serem pacientes. Muitos parecem não compreender a reação que a mente mantém para com o corpo. Caso o organismo esteja perturbado por comida imprópria, o cérebro e os nervos são afetados, e pequenas coisas incomodam os que assim sofrem. Dificuldades insignificantes são para eles montanhas de aflição. As pessoas assim situadas são inaptas para criar devidamente seus filhos. Sua vida será assinalada por extremos -- às vezes muito condescendentes, outras severas, censurando por ninharias que não merecem atenção. ME2 434 2 A mãe manda com freqüência os filhos para fora de sua presença, porque pensa que não pode suportar o barulho ocasionado por suas felizes brincadeiras. Sem o olhar de sua mãe, porém, para aprovar ou discordar, no momento oportuno, surgem muitas vezes divergências lamentáveis. Uma palavra da mãe acalmaria tudo outra vez. Eles logo se cansam e desejam mudança, e vão para a rua em busca de divertimento, e crianças puras, inocentes de espírito, são levadas a más companhias, e más comunicações a eles segredadas lhes corrompem os bons costumes. A mãe parece muitas vezes adormecida para os interesses de seus filhos, até que é penosamente despertada pela exibição do vício. As sementes do mal foram semeadas em sua tenra mente, prometendo abundância de frutos. E é para ela maravilha que seus filhos sejam tão inclinados a proceder mal. Os pais devem começar a tempo a infundir na mente da criança os bons e corretos princípios. A mãe deve estar o mais possível com seus filhos, e semear sementes preciosas em seu coração. ME2 434 3 O tempo de uma mãe pertence de maneira especial a seus filhos. Eles têm direito a esse tempo como nenhuma outra pessoa. Em muitos casos, as mães têm negligenciado a disciplina de seus pequenos, porque isso exigiria demasiado tempo, o qual elas pensam dever empregar na cozinha ou em costurar as roupas, dela e das crianças, segundo a moda, para fomentar o orgulho em seus jovens corações. A fim de manter calmos seus irrequietos filhos, dão-lhes bolo, ou doces, quase a qualquer hora do dia, e o estômago deles fica abarrotado de coisas nocivas em períodos irregulares. As faces pálidas testificam de que as mães estão fazendo o que podem para destruir as forças vitais restantes de seus pobres filhos. Os órgãos digestivos acham-se constantemente sobrecarregados, e não lhes permitem períodos de repouso. O fígado torna-se inativo, o sangue impuro, e as crianças são doentias e irritáveis, porque são verdadeiras sofredoras devido à intemperança, e é impossível exercerem paciência. ME2 435 1 Os pais admiram-se de que seus filhos estejam tão mais difíceis de controlar do que costumavam ser dantes, quando na maioria dos casos sua própria direção criminosa os tornou o que são. A qualidade do alimento que põem na mesa, e de que estimulam os filhos a comer, está excitando constantemente suas paixões animais, e enfraquecendo as faculdades morais e intelectuais. Muitíssimas são as crianças tornadas infelizes dispépticas em sua tenra idade pela errônea direção de seus pais para com elas na infância. Os pais serão chamados a prestar contas a Deus por assim lidarem com seus filhos. ME2 435 2 Muitos pais não dão a suas crianças lições de domínio próprio. Condescendem com seu apetite, e formam os hábitos dos filhos na infância para comerem e beberem segundo os seus desejos. Assim serão eles nos hábitos gerais em sua mocidade. Os desejos não lhes foram restringidos, e à medida que ficam de mais idade, não somente condescendem com os hábitos comuns da intemperança, mas irão mesmo mais longe na satisfação própria. Escolherão seus próprios companheiros, embora corruptos. Não podem suportar restrições da parte de seus pais. Darão rédeas soltas a suas corruptas paixões, e pouca será sua consideração para com a pureza ou a virtude. Esta é a razão de haver tão pouca pureza e valor moral entre a juventude em nossos dias, e é a grande causa por que homens e mulheres se acham sob tão pouca obrigação de prestar obediência à lei de Deus. Alguns pais não têm domínio sobre si mesmos. Não controlam os próprios apetites mórbidos, ou seu temperamento apaixonado, e portanto não podem educar os filhos com relação a negar-se a si mesmos no apetite, e ensinar-lhes a se dominarem a si mesmos. ME2 436 1 Muitas mães acham que não têm tempo para instruir seus filhos e a fim de os afastarem de seu caminho e se verem livres do ruído e perturbação que causam, mandam-nos para a escola. A sala de aulas é um penoso lugar para as crianças que herdaram constituições enfraquecidas. As salas de aulas não foram em geral construídas tendo em consideração a saúde, mas ao barato. As salas não foram arranjadas de modo a serem ventiladas como deviam ser, sem expor as crianças a resfriados sérios. E os assentos, raramente foram feitos de maneira que os pequenos se pudessem sentar confortavelmente, conservando a pequena estrutura em crescimento em posição apropriada para garantir a saudável ação dos pulmões e do coração. Os pequenos podem crescer quase segundo qualquer forma, e podem, por hábitos de exercício e posições apropriados do corpo, obterem formas saudáveis. É destrutivo para a saúde e a vida das crianças que elas se sentem na sala de aulas em bancos duros mal formados, de três a cinco horas por dia, inalando o ar impuro ocasionado por muitas respirações. Os pulmões fracos ficam afetados, o cérebro, do qual se deriva a energia nervosa de todo o organismo se enfraquece por ser chamado a exercício ativo antes de a resistência dos órgãos mentais achar-se suficientemente amadurecida para suportar a fadiga. ME2 436 2 Na sala de aulas está seguramente posto o fundamento para doenças de várias espécies. Mais especialmente, porém, o mais delicado de todos os órgãos -- o cérebro -- tem ficado muitas vezes permanentemente prejudicado por demasiado exercício. Isto tem com freqüência ocasionado inflamação, depois hidropisia da cabeça, e convulsões, com seus temíveis resultados. E a vida de muitos tem sido assim sacrificada por mães ambiciosas. Das crianças que, ao que parece, tiveram suficiente força de constituição para sobreviver a esse tratamento, muitas há que levam através da existência os seus efeitos. A energia nervosa cerebral fica tão fraca, que depois que eles chegam à maturidade, é-lhes impossível resistir a muito esforço mental. A força de alguns dos delicados órgãos do cérebro parece achar-se exausta. ME2 436 3 E não somente a saúde física e mental das crianças tem sido posta em risco por mandá-las demasiado cedo à escola, mas elas têm perdido no sentido moral. Têm tido oportunidades de relacionar-se com crianças de maneiras incultas. Foram atiradas na sociedade dos ordinários e rudes, que mentem, blasfemam, furtam e enganam, e que se deleitam em comunicar aos mais jovens que eles, o seu conhecimento do vício. As crianças, deixadas a si mesmas, aprendem o mal mais depressa que o bem. Os hábitos maus melhor se adaptam ao coração natural, e as coisas que vêem e ouvem na infância e meninice se lhes imprimem profundamente no espírito, e o mal semeado em seu jovem coração criará raízes, tornando-se espinhos agudos, a ferir o coração dos pais. ME2 437 1 Nos primeiros seis ou sete anos da vida de uma criança, deve-se dar atenção especial ao seu preparo físico, mais do que ao intelectual. Depois desse período, se for boa a constituição física, deve receber atenção a educação de ambos os aspectos. A infância estende-se até à idade de seis ou sete anos. Até essa idade, as crianças devem ser deixadas como pequeninos cordeiros, a andar em volta da casa, e no quintal, vivos e espertos, correndo e saltando, livres de cuidados e preocupações. ME2 437 2 Os pais, especialmente as mães, devem ser os únicos mestres desses espíritos infantis. Não os devem educar por livros. As crianças geralmente são curiosas por aprender as coisas da Natureza. Fazem perguntas acerca das coisas que vêem e ouvem, e devem os pais aproveitar a oportunidade de instruir, e responder com paciência a suas pequenas indagações. Poderão deste modo obter vantagem sobre o inimigo, fortalecendo o espírito de seus filhos, mediante o semear-lhes no coração a boa semente, sem deixar espaço para a semente má criar raízes. As amorosas instruções maternas às crianças em tenra idade, é o que elas precisam para a formação do caráter. ME2 437 3 A primeira lição importante para as crianças aprenderem é a negação do apetite. É dever da mãe atender às necessidades dos filhos, suavizando e distraindo-lhes o espírito, em vez de dar-lhes comida e assim lhes ensinando que o comer seja o remédio aos males da vida. ME2 437 4 Se os pais tivessem vivido segundo as leis da saúde, satisfazendo-se com um regime simples, muita despesa se haveria poupado. O pai não teria sido obrigado a trabalhar além de suas forças a fim de suprir as necessidades da família. Um regime simples e nutritivo não teria tido o efeito de excitar indevidamente o sistema nervoso e as paixões animalescas, produzindo lerdeza e irritabilidade. Se ele tivesse tomado apenas alimento simples, teria tido o cérebro claro, os nervos estáveis, o estômago em estado sadio, e tendo assim puro o organismo, não teria tido falta de apetite, e a geração atual estaria em muito melhores condições do que se acha agora. Mas mesmo agora, neste período tardio, algo se pode fazer para melhorar nossa situação. É necessária a temperança em todas as coisas. O pai temperante não se queixará se não há na mesa grande variedade. A maneira saudável de viver melhorará as condições da família em todos os sentidos, e permitirá à esposa e mãe tempo para dedicar aos filhos. A grande preocupação dos pais será quanto à maneira de melhor educar os filhos para serem úteis neste mundo, e para o Céu depois. Contentar-se-ão com ver os filhos trajando vestidos asseados, simples, mas confortáveis, livres de bordados e enfeites. Esforçar-se-ão fervorosamente por ver os filhos possuírem aquele adorno interior, o ornamento de um espírito manso e quieto, que à vista de Deus é de grande preço. ME2 438 1 Antes que deixe o lar, a fim de se dirigir ao trabalho, o pai cristão reunirá junto de si a família, e, prostrando-se perante Deus, confiá-los-á aos cuidados do Sumo Pastor. Sairá então para o trabalho com o amor e a bênção da esposa, e o amor dos filhos, a alegrar-lhe o coração através de suas horas de labor. E a mãe que é alerta ao dever, reconhece as obrigações que tem para com os filhos na ausência do pai. Ela sentirá que vive para o marido e os filhos. Educando retamente os filhos, ensinando-lhes hábitos de temperança e domínio próprio, e incutindo-lhes os deveres para com Deus, ela os habilita a tornar-se úteis no mundo, a erguer a norma da moral na sociedade, e a reverenciar e obedecer à lei de Deus. Paciente e perseverantemente a mãe piedosa instruirá os filhos, dando-lhes regra sobre regra e preceito sobre preceito, não de modo ríspido, forçando-os, mas com amor e ternura ela os ganhará. Eles considerarão as suas lições amorosas, e alegremente lhe escutarão as palavras de instrução. ME2 438 2 Em vez de mandar afastarem-se de sua presença os filhos, para que seu ruído não a perturbe, e não se aborreça com as muitas atenções que eles reclamam, sentirá ela que seu tempo não pode ser mais bem empregado do que abrandando e distraindo-lhes a mente irrequieta e ativa com algum entretenimento, ou alguma ocupação leve e feliz. A mãe será amplamente recompensada pelos esforços de tomar tempo para inventar entretenimento para os filhos. ME2 438 3 As crianças amam a companhia. Em geral, não apreciam estar sozinhas, e a mãe deve entender que, na maioria dos casos, o lugar de seus filhos, quando estão em casa, é o aposento onde ela está. Pode então tê-los sob suas vistas e estar preparada para ajustar pequenas diferenças, quando para ela apelam, e corrigir hábitos maus, ou a manifestação de egoísmo ou paixão, e pode dar-lhes ao espírito a direção certa. Aquilo de que as crianças gostam, pensam elas que há de agradar à mãe, e é perfeitamente natural que consultem a mãe em pequeninas questões que as fazem perplexas. E não deve a mãe ferir o coração de seu sensível filhinho tratando com indiferença o assunto, ou recusando-se a ser incomodada com coisas assim pequenas. Aquilo que pode ser pequeno para a mãe, para ele é grande. E uma palavra de orientação, ou aviso, na ocasião oportuna, muitas vezes se demonstrará de grande valor. Um olhar de aprovação, uma palavra de animação e louvor por parte da mãe, muitas vezes lhes deixa no jovem coração um raio de sol o dia inteiro. ME2 439 1 A primeira educação que os filhos devem receber da mãe, logo na infância, deve dizer respeito a sua saúde física. Deve-se-lhes permitir tão-somente alimento simples, da qualidade que os preserve nas melhores condições de saúde, e esse alimento só deve ser tomado em períodos regulares, não mais do que três vezes ao dia, e duas refeições seria mesmo melhor do que três. Se as crianças forem disciplinadas devidamente, logo aprenderão que nada conseguirão com choro e irritação. A mãe judiciosa procederá, na educação dos filhos, não meramente com vistas ao seu conforto presente, mas visando seu bem futuro. E para esse fim ela ensinará aos filhos a importante lição do controle do apetite, e da abnegação: que devem comer, beber e vestir-se tendo em vista a saúde. ME2 439 2 A família bem disciplinada, que ame e obedeça a Deus, será animosa e feliz. O pai, ao voltar do trabalho cotidiano, não trará para o lar as suas perplexidades. Sentirá que o lar, e o círculo da família, são sagrados demais para que sejam manchados com infelizes perplexidades. Quando saiu do lar, não deixou atrás seu Salvador e sua religião. Ambos foram seus companheiros. A suave influência de seu lar, a bênção da esposa e o amor dos filhos, tornam leves os seus fardos, e volta tendo no coração a paz, e palavras animosas e animadoras para a esposa e os filhos, que o aguardam para, alegres, lhe darem as boas-vindas. Ao prostrar-se, com a família, junto ao altar de oração, para oferecer a Deus seus reconhecidos agradecimentos, por Seu protetor cuidado para com ele e os amados através do dia, anjos de Deus adejam no aposento, e levam para o Céu as ferventes orações dos pais tementes a Deus, qual incenso suave, e vem a resposta em forma de bênçãos. ME2 440 1 Devem os pais impressionar os filhos com o pensamento de que é pecado consultar o gosto, para prejuízo do estômago. Deve-se-lhes impressionar o espírito com a idéia de que, violando as leis de seu ser, pecam contra seu Criador. As crianças assim educadas não será difícil restringir. Não serão sujeitas a temperamento irritadiço e volúvel, e estarão em muito melhores condições para fruírem a vida. Essas crianças mais de pronto e mais claramente compreenderão suas obrigações morais. As crianças às quais se ensinou cederem a vontade e os desejos aos pais, mais fácil e prontamente cederão sua vontade a Deus, submetendo-se ao controle do Espírito de Cristo. O motivo de muitos, que alegam ser cristãos, terem provações numerosas, que impõem à igreja um fardo, é não terem sido educados corretamente em sua infância, tendo sido deixados, em grande medida, a formarem eles mesmos o seu caráter. Seus maus hábitos, sua disposição singular e infeliz, não foram corrigidos. Não se lhes ensinou cederem aos pais a sua vontade. Toda a sua experiência religiosa é afetada por sua educação na infância. Não foram então controlados. Cresceram indisciplinados, e agora, em sua experiência religiosa, é-lhes difícil ceder àquela disciplina pura ensinada na Palavra de Deus. Os pais devem, pois, reconhecer a responsabilidade que sobre eles recai, de educar os filhos com vistas a sua experiência religiosa. ME2 440 2 Os que consideram a relação matrimonial como uma das sagradas ordenanças de Deus, guardada por Seu santo preceito, serão controlados pelos ditames da razão. Considerarão cuidadosamente o resultado de cada um dos privilégios que a relação matrimonial concede. Esses sentirão que seus filhos são jóias preciosas, por Deus confiados a sua guarda, a fim de, pela disciplina, removerem de sua natureza a superfície áspera, para que apareça o seu lustro. Sentir-se-ão sob a mais solene das obrigações de lhes formar o caráter de tal modo que em sua vida façam o bem, abençoem os outros com sua luz, e o mundo fique melhor por nele haverem vivido, e sejam finalmente habilitados para a vida superior, o mundo melhor, refulgindo para sempre na presença de Deus e do Cordeiro. -- How to Live, 2:25-48. Capítulo 3 ME2 441 1 A família humana, por seus maus hábitos, trouxe sobre si doenças de várias formas. Não procuraram saber como viver saudavelmente, e sua transgressão das leis de seu ser produziu um estado de coisas deplorável. O povo raramente tem atribuído à causa verdadeira os seus sofrimentos, isto é, ao seu próprio procedimento errado. Têm condescendido com a intemperança no comer, e feito de seu apetite um deus. Em todos os seus hábitos têm manifestado negligência com respeito à saúde e à vida; e quando, em conseqüência, lhes sobreveio a doença, procuraram concluir que Deus era seu autor, quando foi seu próprio procedimento errado que acarretou resultados seguros. Quando aflitos, mandam chamar o médico e a suas mãos confiam o corpo, esperando que ele os cure. Ele lhes ministra drogas, de cuja natureza eles nada sabem, e em sua cega confiança, engolem qualquer coisa que o médico queira dar-lhes. Assim são muitas vezes ministrados tóxicos poderosos que agrilhoam a natureza, em seus amáveis esforços para restaurar o organismo dos abusos que sofreu, e o paciente depressa é despedido desta vida. ME2 441 2 A mãe que estava apenas com uma leve indisposição, e que poderia ter-se restaurado, mediante a abstinência de alimento por breve período, e uma cessação do trabalho, ficando em calmo repouso, em vez disso mandou chamar o médico. E aquele que deveria estar preparado para dar judiciosamente uns poucos conselhos simples e certas restrições alimentares, colocando-a na vereda devida, esse é, ou ignorante demais para isso fazer, ou está por demais ansioso por obter ganho. ME2 441 3 Ele torna grave o caso, e administra os seus tóxicos que, se fosse ele o doente, não se arriscaria a tomar. O paciente piora, e são-lhe ministradas drogas em maior abundância, até que a natureza seja vencida em seus esforços, e desiste da luta, e a mãe morre. Foi morta pelas drogas. Seu organismo ficou intoxicado para além da possibilidade de sarar. Foi assassinada. Vizinhos e parentes admiram-se ante o pasmoso trato da Providência em assim remover uma mãe em meio a sua vida de utilidade, quando seus filhos tanto careciam ainda de seus cuidados. Fazem injustiça ao nosso bom e sábio Pai celestial, quando a Ele atribuem este peso de desgraça humana. O Céu desejava que aquela mãe vivesse, e sua morte prematura desonrou a Deus. Os maus hábitos da mãe e sua desatenção para com as leis de seu ser, fizeram-na doente. E os tóxicos do médico, feitos à moda, introduzidos no organismo, puseram termo ao período de sua existência, deixando um rebanho sem mãe, desajudado e ferido. ME2 442 1 O que acima se disse, nem sempre é o resultado que segue à medicação droguista do doutor. Doentes que tomam essas drogas tóxicas parecem ficar bons. Alguns têm força vital suficiente para expelir do organismo o veneno de modo que o doente, tendo um período de repouso, se restabelece. Mas não se deve atribuir a cura às drogas, pois tão-somente estorvaram a natureza em seus esforços. Todo o merecimento deve ser atribuído ao poder restaurador da natureza. ME2 442 2 Embora o doente possa restabelecer-se, todavia o grande esforço que se exigiu da natureza para levá-la a agir contra o veneno e vencê-lo prejudicou a constituição, abreviando a vida do doente. Há muitos que não morrem sob a influência de drogas, mas muitos existem que são deixados destroços inúteis, sofredores sem esperança, sombrios e infelizes, peso morto a si e à sociedade. ME2 442 3 Se fossem unicamente os que tomam as drogas os sofredores, então o mal não seria tão grande. Mas os pais não só pecam contra si mesmos ao engolir drogas tóxicas, mas pecam também contra os filhos. O estado viciado de seu sangue, o tóxico distribuído por todo o organismo, a constituição alquebrada, e várias doenças provenientes das drogas, por causa do seu conteúdo de tóxicos, são transmitidos a sua prole, deixando-lhes infeliz herança, o que é outra grande causa da degeneração do gênero humano. ME2 442 4 Os médicos, ministrando suas drogas tóxicas, muito têm contribuído para aumentar a depreciação da raça, física, mental e moralmente. Para onde quer que vos volvais, vereis deformidade, doença e imbecilidade, que em muitíssimos casos podem ser atribuídos diretamente aos venenos das drogas, administrados por mãos de médico, como remédio para alguns dos males da vida. O chamado remédio demonstrou-se terrivelmente ao paciente, por severo sofrimento, como sendo muito pior que a doença para curar a qual se tomara a droga. Todos os que possuem inteligência comum devem compreender as necessidades de seu organismo. A filosofia da saúde deve ser um dos mais importantes estudos de nossos filhos. É importantíssimo que seja compreendido o organismo humano, e então os homens e mulheres inteligentes podem ser o seu próprio médico. Se o povo raciocinasse da causa para o efeito, e seguisse a luz que sobre eles incide, seguiriam um procedimento que lhes asseguraria a saúde, e seria muito menor a mortalidade. Mas o povo satisfaz-se com permanecer em inescusável ignorância, confiando aos médicos o corpo, em vez de assumirem eles mesmos uma responsabilidade especial quanto à questão. ME2 443 1 Foram-me apresentados vários casos ilustrativos deste importante assunto. O primeiro foi de uma família consistindo de pai e filha. A filha estava doente, e o pai, muito preocupado, chamou um médico. Ao levá-lo para o quarto da doente, o pai manifestou uma penosa ansiedade. O médico examinou a paciente, e pouco disse. Ambos deixaram o quarto. O pai informou o médico de que havia sepultado a esposa, um filho e uma filha, e essa filha era tudo que lhe restava da família. Ansioso, indagou do médico se ele achava ser desesperançado o caso de sua filha. ME2 443 2 O médico indagou então acerca da natureza e do tempo da doença dos que haviam morrido. O pai lamentosamente relatou os penosos fatos relacionados à doença de seus queridos: "Meu filho foi o primeiro a ser atacado por uma febre. Chamei o médico. Disse que poderia dar um remédio que depressa cortaria a febre. Ministrou-lhe remédio poderoso, mas ficou decepcionado com os seus efeitos. A febre diminuiu, mas meu filho piorou muito. Repetiu-se a mesma medicação, sem produzir nenhuma modificação para melhor. O médico recorreu então a medicamento mais forte ainda, mas meu filho nenhum alívio obteve. A febre o deixou, mas ele não melhorou. Piorou rapidamente e morreu. ME2 443 3 "A morte do filho, tão repentina e inesperada, trouxe grande tristeza a nós todos, mas especialmente a sua mãe. Sua vigilância e ansiedade durante a doença do filho, e a tristeza ocasionada por sua morte súbita, foram demais para seu sistema nervoso, e minha esposa logo ficou prostrada. Fiquei descontente com o procedimento seguido por aquele médico. Abalara-se minha confiança em sua aptidão, e não o contratei segunda vez. Chamei outro, para atender a minha sofredora esposa. Este segundo lhe ministrou generosa dose de ópio que, disse ele, lhe aliviaria as dores, acalmaria os nervos e daria o tão necessitado repouso. O ópio narcotizou-a. Adormeceu, e coisa alguma a despertava de seu estupor mortal. O pulso e o coração por vezes palpitavam violentamente, e a seguir enfraqueciam mais e mais, até que ela deixou de respirar. Assim morreu, sem dar aos seus nenhum sinal de os reconhecer. Esta segunda morte pareceu-nos insuportável. Todos ficamos profundamente contristados, mas eu fiquei angustiado, não podendo conformar-me. ME2 444 1 "A seguir adoeceu minha filha. A tristeza, a ansiedade e o vigiar haviam-lhe minado o poder de resistência, suas forças cederam, e ela se recolheu ao leito de sofrimento. Eu perdera agora a confiança em ambos os médicos que contratara. Outro me foi recomendado como tendo êxito no tratamento de doentes. E embora ele morasse longe, resolvi contratar os seus serviços. ME2 444 2 "Este terceiro médico afirmou entender o caso de minha filha. Disse que ela estava muito debilitada e que seu sistema nervoso corria perigo, e que tinha febre, a qual podia ser controlada, mas que levaria tempo o recuperá-la do estado de debilidade em que se achava. Mostrou perfeita confiança em sua habilidade de levantá-la. Ministrou-lhe forte medicamento para cortar a febre. Conseguiu-o. Mas vencida a febre, o caso assumiu aspectos mais alarmantes, tornando-se mais complicado. Mudando-se os sintomas, foi também modificada a medicação, para adaptar-se ao caso. Enquanto estava sob a influência de novos remédios ela se apresentou, por algum tempo, melhorada, o que reavivava nossas esperanças de que haveria de sarar -- tão-somente para tornar mais amarga nossa decepção ao piorar ela. ME2 444 3 "O último recurso do médico foram os calomelanos. Por algum tempo ela pareceu entre a vida e a morte. Sobrevieram-lhe convulsões. Ao cessarem esses penosíssimos espasmos, demos pelo doloroso fato de estar ela com a mente debilitada. Começou a melhorar lentamente, embora ainda sofrendo muito. Os membros ficaram paralisados por causa dos violentos tóxicos que tomara. Viveu alguns anos, sofredora desajudada e digna de dó, e então morreu em grande agonia." ME2 445 1 Depois deste triste relato o pai fitou, súplice, o médico, rogando-lhe que salvasse a única filha que lhe restava. O médico ficou triste e ansioso, mas não receitou coisa nenhuma. Ergueu-se e dispôs-se a sair, dizendo que voltaria no dia seguinte. ME2 445 2 Outra cena foi-me então apresentada. Fui levada à presença de uma senhora, com cerca de trinta anos de idade, aparentemente. Junto dela estava um médico, que dizia que seu sistema nervoso estava em perigo, seu sangue impuro, fluindo lentamente, e que o estômago estava frio, inativo. Disse que lhe daria remédios ativos, que logo melhorariam seu estado. Deu-lhe um pó, de um vidro no qual estava o rótulo: Nux vomica. Observei para ver que efeito teria aquilo sobre a paciente. Pareceu ter ação favorável. Seu estado aparentemente melhorou. Ficou animada, parecendo mesmo contente e ativa. ME2 445 3 Minha atenção foi então chamada para outro caso ainda. Fui levada para o quarto de um jovem doente, que estava com febre alta. Ao seu lado estava um médico, com uma porção de remédios tirados de um vidro em que se lia: Calomelanos. Administrou esse tóxico químico, e pareceu manifestar-se uma mudança, mas não para melhor. ME2 445 4 Foi-me então mostrado outro caso. Foi de uma senhora que parecia estar sofrendo grandes dores. Um médico estava ao lado de seu leito, dando-lhe remédio, tirado de um vidro com o rótulo: Ópio. A princípio essa droga pareceu afetar-lhe a mente. Ela falou de modo a causar estranheza, mas afinal aquietou-se e adormeceu. ME2 445 5 Minha atenção foi então chamada para o primeiro caso, o do pai que perdera a esposa e dois filhos. O médico estava no quarto, junto ao leito da filha doente. De novo saiu do quarto sem administrar remédio algum. O pai, a sós com o médico, parecia muito comovido, e perguntou impaciente: "O senhor não pretende fazer coisa alguma? Deixará que morra minha filha única?" O médico respondeu: ME2 445 6 "Ouvi a triste narrativa da morte de sua muito amada esposa e seus dois filhos, e de seus próprios lábios soube que todos os três morreram quando sob os cuidados de médicos, tomando remédios receitados e administrados por suas mãos. Os medicamentos não salvaram os seus queridos, e como médico creio solenemente que nenhum deles precisava ou devia ter morrido. Poderiam ter-se restabelecido se não se tivessem tratado com drogas de tal modo que a natureza se enfraqueceu pelo abuso, e afinal baqueou." Declarou positivamente ao agitado pai: "Eu não posso dar remédio a sua filha. Procurarei apenas ajudar a natureza em seus esforços, removendo qualquer obstrução, e então deixar à natureza o recuperar as exauridas energias do organismo." Colocou mas mãos do pai algumas instruções, que mandou seguir à risca. ME2 446 1 "Conserve a doente livre de agitação, e de toda influência tendente a deprimir. Os que a assistem devem ser de disposição alegre e esperançosa. Deve ela seguir um regime alimentar simples, e beber bastante água pura e branda. Banhe-se freqüentemente em água pura e branda, friccionando depois o corpo, suavemente. Deixe entrar livremente no quarto a luz e o ar. Ela precisa de repouso calmo e imperturbado." ME2 446 2 O pai leu vagarosamente a receita, e ficou admirado por ver que continha apenas poucas instruções, e pareceu duvidar de que qualquer benefício houvesse de resultar de meios tão simples. Disse o médico: ME2 446 3 "O senhor teve bastante confiança em minha aptidão, para que colocasse em minhas mãos a vida de sua filha. Não retire a sua confiança. Visitarei sua filha todos os dias e o instruirei sobre como dirigir o caso dela. Siga minhas instruções com confiança, e espero dentro de algumas semanas apresentar-lha em estado de saúde muito melhor, se não plenamente restaurada." ME2 446 4 O pai ficou triste e duvidoso, mas submeteu-se à decisão do médico. Temia que a filha tivesse que morrer, se não tomasse remédios. ME2 446 5 O segundo caso foi-me apresentado de novo. A paciente parecia ter melhorado, sob a influência da nux vomica. Estava assentada, achegando bem a si um xale, e queixando-se de calafrios. O ar no quarto estava impuro. Estava aquecido e perdera sua vitalidade. Quase todas as frestas pelas quais pudesse entrar ar puro estavam fechadas, para proteger a doente da sensação penosa de frio que tinha especialmente na nuca, e na coluna vertebral. Se a porta era deixada aberta, ela ficava nervosa e perturbada, e rogava que fosse fechada, pois sentia frio. Não suportava a menor corrente de ar, da porta ou das janelas. Um cavalheiro inteligente observava-a compadecido, e disse aos presentes: ME2 447 1 "Este é o segundo resultado da nux vomica. Faz-se sentir especialmente sobre os nervos, e afeta todo o sistema nervoso. Haverá, por algum tempo ação aumentada, imposta aos nervos. Mas, uma vez gasta a força dessa droga haverá arrepios de frio e prostração. Justamente na proporção que ela excita e aviva, serão os resultados debilitantes e entorpecentes que se seguirão." ME2 447 2 O terceiro caso foi-me apresentado de novo. Foi o do jovem a quem foram ministrados calomelanos. Sofria muito. Tinha os lábios escuros e inchados. As gengivas estavam inflamadas. A língua, grossa e inchada, e a saliva lhe saía pela boca abundantemente. O cavalheiro inteligente já mencionado contemplou com tristeza o sofredor e disse: ME2 447 3 "Este é o efeito dos preparados mercuriais. A este jovem restava energia nervosa bastante para começar a luta contra esse intruso, esta droga tóxica, para tentar expeli-lo do organismo. Muitos não possuem suficientes forças vitais para despertar e agir, e a natureza é dominada e cessa seus esforços, e a vítima morre." ME2 447 4 Foi-me apresentado novamente o quarto caso, o da pessoa à qual fora receitado ópio. Ela despertara do sono, em grande prostração. A mente estava confusa. Estava impaciente e irritadiça, criticando seus melhores amigos e imaginando que não procuravam aliviar-lhe os sofrimentos. Tornou-se frenética, e delirava como um maníaco. O cavalheiro já mencionado considerou com tristeza a sofredora, e disse aos presentes: ME2 447 5 "Este é o segundo efeito do ópio." Chamaram o seu médico. Ele lhe receitou dose aumentada de ópio que lhe acalmou o delírio, mas a tornou muito tagarela e alegre. Ficou em paz com todos os que a cercavam, e expressava muito afeto para com os conhecidos, assim como os parentes. Logo ficou sonolenta e como apatetada. O mencionado cavalheiro disse solenemente: ME2 447 6 "Seu estado de saúde não está melhor agora, do que quando estava em frenético delírio. Ela está positivamente pior. Esta droga tóxica, ópio, proporciona alívio momentâneo da dor, mas não remove sua causa. Apenas embota o cérebro, tornando-o incapaz de receber impressão dos nervos. Quando o cérebro está assim insensível, são afetados o ouvido, o paladar e a vista. Passado o efeito do ópio, e despertado o cérebro de seu estado de paralisia, os nervos, que haviam sido cortados da comunicação com o cérebro, gritam mais alto que nunca pelas dores do organismo, por causa do acréscimo de ofensa que o organismo sofreu ao receber esse veneno. Cada acréscimo de droga dado ao paciente, quer seja ópio, quer algum outro tóxico, fará o caso mais complicado, tornando mais sem esperança a restauração do doente. As drogas dadas para entorpecer, sejam quais forem, põem em perigo o sistema nervoso. Um mal, simples a princípio, que a natureza se dispunha a vencer -- o que ela teria feito se deixada a si mesma -- tornou-se dez vezes pior pelos tóxicos das drogas que foram introduzidas no organismo, o que por si só é uma doença destrutiva, forçando à ação extraordinária as restantes forças vitais, a fim de lutarem contra as drogas intrusas e as vencerem." ME2 448 1 Fui outra vez levada ao quarto do primeiro caso, o do pai e sua filha. Esta estava assentada ao lado do pai, contente e feliz, tendo no rosto o brilho da saúde. O pai a contemplava com feliz satisfação, manifestando no semblante a gratidão íntima, por lhe haver sido poupada essa filha única. Entrou o seu médico, e depois de conversar por breves instantes com o pai e a filha, ergueu-se para sair. Dirigiu-se ao pai com as palavras seguintes: ME2 448 2 "Apresento-lhe sua filha, com a saúde restaurada. Não lhe ministrei remédios, a fim de que a pudesse deixar com a constituição íntegra. Os medicamentos nunca isso poderiam ter conseguido. Eles põem em perigo a fina maquinaria da natureza e danificam a constituição, e matam, mas jamais curam. A natureza, unicamente, possui poderes restauradores. Ela, tão-só, pode repor suas energias exauridas, e reparar os danos que recebeu pela falta de atenção a suas leis fixas." ME2 448 3 Perguntou ele então ao pai se estava satisfeito com sua maneira de tratar. O feliz pai expressou sua sincera gratidão e satisfação perfeita, dizendo: "Aprendi uma lição de que jamais me esquecerei. Foi penosa, mas de valor inapreciável. Estou agora convencido de que minha esposa e filhos não precisavam ter morrido. Sua vida foi sacrificada nas mãos dos médicos, por suas drogas tóxicas." ME2 448 4 Mostrou-se-me então o segundo caso, a paciente à qual fora receitada nux vomica. Estava sendo amparada por duas pessoas, que a levavam da cadeira para a cama. Tinha quase perdido o uso dos membros. Os nervos da espinha estavam parcialmente paralisados, e as pernas já não suportavam o peso do corpo. Tossia aflitivamente, e respirava com dificuldade. Foi posta na cama, e logo perdeu a audição, e a visão, e assim ficou algum tempo, e morreu. O cavalheiro já mencionado contemplou entristecido aquele corpo sem vida, e disse aos presentes: ME2 449 1 "Testemunhem o mais brando e mais prolongado efeito da nux vomica sobre o organismo humano. Ao ser ingerida, a energia nervosa foi excitada a uma ação extraordinária, para combater esse veneno da droga. Essa excitação suplementar foi seguida de prostração, e o resultado final foi a paralisia dos nervos. Essa droga não tem sobre todos o mesmo efeito. Alguns, possuidores de constituição robusta, recuperam-se dos abusos aos quais submetem o organismo. Ao passo que outros, cuja força vital não seja tão grande, possuindo constituição débil, jamais se recuperaram por haver introduzido no organismo uma única dose, e muitos morrem de nenhuma outra causa senão os efeitos de uma só porção desse tóxico. Seus efeitos sempre tendem para a morte. O estado em que se encontra o organismo, na ocasião em que esses venenos são nele introduzidos, determina a vida do paciente. A nux vomica pode aleijar, causar paralisia, destruir para sempre a saúde, mas jamais cura." ME2 449 2 O terceiro caso foi-me de novo apresentado, o do jovem a quem foram receitados calomelanos. Sofria de causar dó. Tinha as pernas aleijadas e estava muito deformado. Dizia que seus sofrimentos eram indescritíveis, e a vida lhe era grande peso. O cavalheiro que mencionei repetidamente, contemplou com tristeza e compaixão o sofredor, e disse: ME2 449 3 "Este é o efeito dos calomelanos. Atormenta o organismo enquanto nele houver uma partícula deles. Eles vivem sempre, sem perder suas propriedades apesar de sua longa permanência no organismo vivo. Inflamam as juntas e muitas vezes levam a cárie aos ossos. Freqüentemente se manifestam tumores, úlceras e cânceres, anos depois de terem sido introduzidos no organismo." ME2 449 4 O quarto caso foi-me outra vez apresentado: a paciente a quem fora ministrado o ópio. Tinha o semblante pálido, e os olhos inquietos e vidrados. As mãos tremiam como as de um paralítico, e ela parecia muito excitada, imaginando que todos os presentes estavam combinados contra ela. Sua mente era um destroço completo, e ela delirava de fazer dó. Foi chamado o médico, que pareceu impassível ante essas manifestações terríveis. Ministrou à paciente uma dose mais forte de ópio, que, disse ele, a poria boa. Seus delírios só cessaram quando ficou inteiramente intoxicada. Caiu então num estupor mortal. O cavalheiro mencionado, contemplando a paciente, disse com tristeza: ME2 450 1 "Seus dias estão contados. Os esforços que a natureza fez, foram tantas vezes dominados por esse tóxico, que as forças vitais ficaram exauridas por terem sido repetidamente induzidas à ação não natural, a fim de livrar o organismo dessa droga tóxica. Os esforços da natureza estão para cessar, e então chegará a termo a vida sofredora da paciente." ME2 450 2 Maior número de mortes têm tido como causa a ingestão de drogas do que outras quaisquer causas combinadas. Se houvesse na Terra um médico em lugar de milhares, grande número de mortes prematuras se teria evitado. Multidões de médicos, e multidões de drogas, têm sido malefício para os habitantes da Terra, e têm levado para a tumba prematura a milhares e miríades. ME2 450 3 Condescender com comer demasiado freqüentemente, ou quantidades exageradas, sobrecarrega os órgãos da digestão, produzindo um estado febril do organismo. O sangue torna-se impuro, ocorrendo então doenças de várias espécies. Manda-se chamar o médico, que prescreve algum medicamento que produz alívio para o presente, mas não cura a doença. Pode mudar a forma da doença, mas o mal verdadeiro é aumentado dez vezes. A natureza fez o que pôde para livrar o organismo de um acúmulo de impurezas, e, fosse ela deixada a si mesma, auxiliada pelas bênçãos comuns do Céu, tais como ar e água puros, ter-se-ia efetuado cura rápida e certa. ME2 450 4 Os sofredores, nesses casos, podem fazer por si mesmos o que outros não podem por eles fazer tão bem. Devem começar a aliviar a natureza da carga que lhe impuseram. Devem remover a causa. Jejuem por breve tempo, dando ao estômago ocasião para descansar. Reduzam o estado febril do organismo mediante cuidadosa e sensata aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta por livrar de impurezas o organismo. Mas geralmente as pessoas que sofrem dores, ficam impacientes. Não estão dispostas a usar de abnegação e sofrer um pouco de fome. Tampouco estão dispostas a esperar o lento processo da natureza, para reconstruir as energias sobrecarregadas do organismo. Estão, porém, resolvidas a obter alívio imediato, e tomam drogas fortíssimas, receitadas pelos médicos. A natureza estava fazendo bem a sua obra, e teria triunfado, mas enquanto realizava sua tarefa, ingeriu-se uma substância estranha, de natureza tóxica. Que erro! A natureza, abusada, tem agora dois males contra os quais lutar, em vez de um só. Ela deixa o trabalho no qual se empenhava, e resoluta se põe à obra de expelir o intruso há pouco introduzido no organismo. A natureza se ressente com esse duplo saque contra os seus recursos, e torna-se debilitada. ME2 451 1 Drogas jamais curam doenças. Elas apenas mudam sua forma e localização. A natureza, unicamente, é o restaurador eficaz, e quanto melhor executaria ela sua obra se fosse deixada a si mesma! Mas este privilégio raramente lhe é concedido. Se a natureza, mutilada, resiste ao peso da carga, e afinal realiza em grande medida sua tarefa dobrada, e o paciente vive, o crédito disso é dado ao médico. Mas se a natureza fracassa em seu esforço por expelir do organismo o veneno, e o doente morre, a isto se chama a maravilhosa dispensação da Providência. Se o paciente tivesse procedido de maneira a aliviar em tempo a natureza sobrecarregada, usando judiciosamente água pura e branda, esta dispensação de mortalidade pelas drogas poder-se-ia ter evitado completamente. O uso da água pouco alcança, se o paciente não reconhecer a necessidade de atender estritamente também ao regime alimentar. ME2 451 2 Muitos vivem em violação das leis da saúde, e ignoram a relação que seus hábitos de comer, beber e trabalhar mantêm para com a saúde. Não despertam ao reconhecimento de seu verdadeiro estado, até que a natureza proteste contra os abusos que sofre, por meio de dores e moléstias no organismo. Se, mesmo então, os sofredores tão-somente começassem direito o trabalho e recorressem aos meios simples que têm negligenciado -- o uso da água e o regime alimentar adequado -- a natureza receberia justamente o auxílio que ela requer, e que deveria ter recebido há muito. Se for seguido esse procedimento, em geral o doente se recuperará sem ficar debilitado. ME2 451 3 Quando são introduzidas drogas no organismo, por algum tempo pode parecer que tenham efeito benéfico. Pode dar-se uma mudança, mas a doença não foi curada. Ela se manifestará de alguma outra forma. Nos esforços da natureza por expelir do organismo a droga, às vezes vem ao paciente sofrimento intenso. E a doença, para curar a qual foi ministrada a droga, pode desaparecer, mas tão-somente para reaparecer sob nova forma, como doenças da pele, úlceras, juntas doloridas, e às vezes formas mais perigosas e mortíferas. O fígado, o coração, o cérebro, são freqüentemente afetados pelas drogas, e muitas vezes todos estes órgãos são tomados de doenças, e as vítimas, se sobreviverem, ficam inválidas pelo resto da vida, arrastando, afadigosamente, uma existência infeliz. Oh! quanto não custa aquela droga tóxica! Se não custa a vida, já custa muito demais. A natureza foi mutilada em todos os seus esforços. Toda a maquinaria está fora de ordem, e num futuro período da vida, quando com essas finas peças que foram danificadas se tiver que contar para desempenharem um papel mais importante em conjunto com todas as finas peças da maquinaria da natureza, elas não podem, pronta e vigorosamente, efetuar seu trabalho, e o organismo todo sente a falta. Esses órgãos, que deveriam estar em bom estado de saúde, estão debilitados, o sangue se torna impuro. A natureza continua lutando, e o paciente sofre de moléstias várias, até que sobrevém um súbito alquebramento nos seus esforços, e segue a morte. Maior é o número dos que morrem pelo uso de drogas, do que o de todos os que morreriam da doença, caso se tivesse permitido à natureza realizar a sua obra. ME2 452 1 Muitíssimas vidas têm sido sacrificadas por ministrarem os médicos drogas para doenças desconhecidas. Não têm eles verdadeiro conhecimento da doença exata que aflige o paciente. Mas espera-se do médico que de imediato saiba o que fazer, e se não age imediatamente, como se compreendesse perfeitamente a doença, é pelos impacientes amigos e pelo doente considerado incompetente. Assim, para satisfazer opiniões errôneas do doente e de seus amigos, tem de ser ministrado o medicamento, fazerem-se testes e experiências, para curar o paciente, da doença da qual não têm eles real conhecimento. A natureza é sobrecarregada com drogas tóxicas que ela não pode expelir do organismo. Os próprios médicos muitas vezes estão convencidos de haver usado medicamentos fortes para uma doença que não existia, e a morte foi a conseqüência. ME2 452 2 Os médicos merecem censura, mas não são eles os únicos em falta. Os próprios doentes, se tivessem paciência, observassem dieta e suportassem um pouco de sofrimento, dando à natureza tempo para se refazer, recuperar-se-iam muito mais cedo sem o uso de qualquer medicamento. A natureza sozinha possui poderes curativos. Os medicamentos não têm poder para curar, mas quase sempre estorvam a natureza em seus esforços. Ela, afinal de contas, é que tem de fazer a obra da restauração. Os doentes têm pressa de sarar, e os amigos dos doentes ficam impacientes. Querem medicamentos, e se não sentem no organismo essa poderosa influência que seus errôneos pontos de vista os levam a pensar que deveriam sentir, impacientemente mudam de médico. A mudança muitas vezes aumenta o mal. Submetem-se a outra medicação, tão perigosa como a primeira, e mais fatal, porque os dois tratamentos discordam entre si, e o organismo fica intoxicado de modo que não há mais remédio. ME2 453 1 Muitos, porém, nunca experimentaram os benéficos efeitos da água, e têm medo de usar uma das maiores bênçãos do Céu. A água tem sido recusada a pessoas que ardiam em febre, de medo que lhes fizesse mal. Se, em seu estado febril, lhes tivesse sido dada a beber água abundante, fazendo-se também aplicações externamente, ter-se-iam poupado longos dias e noites de sofrimento, e muitas vidas preciosas se teriam salvo. Mas milhares têm morrido, consumidos por febres violentas, que arderam até acabar-se o combustível que as alimentava e se desgastarem os órgãos vitais, sucumbindo na maior agonia, sem lhes permitirem tomar água para aliviar sua sede ardente. A água, que se usa para extinguir os violentos incêndios num edifício inanimado, não é permitida a seres humanos, para extinguir o fogo que lhes consome as entranhas. ME2 453 2 Multidões permanecem em inescusável ignorância com respeito às leis de seu ser. Admiram-se de que nosso gênero seja tão débil e tantos morram tão prematuramente. Não haverá uma causa? Médicos que professam conhecer o organismo humano, prescrevem para seus pacientes, e mesmo para seus próprios queridos filhos e esposas, venenos lentos para cortar a doença, ou curar alguma leve indisposição. Certo, não reconhecem eles o mal dessas coisas, pois do contrário não procederiam assim. Os efeitos do veneno podem não ser percebidos imediatamente, mas ele realiza certamente sua obra no organismo, minando a constituição, e mutilando a natureza em seus esforços. Procuram corrigir um mal, mas produzem mal muito maior, muitas vezes incurável. Os que são tratados assim estão constantemente enfermos e sempre se medicando. E todavia, se atentardes para sua conversa, muitas vezes os ouvireis louvando as drogas que estiverem usando e recomendando a outros o seu uso, porque delas tiraram benefício. Dir-se-ia que, para os capazes de raciocinar da causa para o efeito, o semblante pálido, o contínuo queixume de doenças, e a geral prostração dos que alegam ter recebido benefício, seriam prova suficiente dos efeitos destruidores da saúde, das drogas. E no entanto muitos se acham tão cegados que não vêem que todas as drogas que tomaram não os curaram, mas os deixaram piores. Os inválidos por causa das drogas encabeçam a lista, e são em geral impertinentes, irritadiços, sempre doentes, arrastando uma existência infeliz, e parecem existir com o fim único de chamar a constante prática a paciência alheia. As drogas tóxicas não os mataram de vez, pois à natureza repugna renunciar ao seu poder sobre a vida. Não está disposta a abandonar a luta. Todavia, esses engolidores de drogas nunca se sentem bem. ME2 454 1 A intérmina variedade de medicamentos que existe no mercado, os numerosos anúncios de novas drogas e misturas, todas, como dizem, produzindo curas milagrosas, matam centenas enquanto trazem benefícios a um só. Os que se sentem doentes não têm paciência. Tomam os vários medicamentos, alguns dos quais são muito violentos, embora nada saibam da natureza dessas misturas. Todos os remédios que tomam apenas tornam mais desenganada sua restauração. Todavia continuam a medicar-se, e continuam a piorar até morrerem. Alguns tomam remédios a qualquer pretexto. Pois que tomem essas misturas daninhas, e os vários venenos mortais, sob sua própria responsabilidade. Os servos de Deus não devem receitar remédios dos quais sabem que hão de deixar efeitos danosos no organismo, embora aliviem o sofrimento na ocasião. -- How to Live, 3:49-64. Capítulo 4 ME2 455 1 Quando uma doença grave penetra numa família, há grande necessidade de cada um dos membros dar estrita atenção ao asseio pessoal, e ao regime alimentar, para se conservarem em estado sadio e, assim fazendo, se fortalecerem contra a doença. É também de suma importância que o quarto do doente, desde o princípio, tenha ventilação adequada. Isto será benéfico para o doente, e grandemente necessário para conservar sãos os que são obrigados a permanecer bastante tempo no quarto. ME2 455 2 É de grande valor ao doente que no quarto seja igual a temperatura. Isto nem sempre pode ser determinado corretamente, se ficar a juízo dos serventes, pois podem eles não ser os melhores juízes quanto à temperatura certa. E algumas pessoas requerem mais calor que outras, e só se sentem bem num quarto que, para outro, seria desagradavelmente quente. E se cada um destes tiver liberdade de graduar a temperatura de modo a satisfazer a suas idéias quanto ao calor adequado, a atmosfera do quarto será tudo, menos apropriada. Às vezes será tão quente que incomode o doente; noutra ocasião demasiado fria, o que terá efeito muito prejudicial para o doente. Os amigos ou assistentes do enfermo que, por causa da ansiedade e do vigiar são privados de sono, e súbito são despertados à noite para acudir ao quarto do enfermo, são susceptíveis a resfriados. Esses não servem de termômetros corretos da temperatura sadia de um quarto de doente. Estas coisas podem parecer de pouca monta, mas têm muito que ver com a recuperação do doente. Em muitos casos a vida tem sido posta em perigo por mudanças extremas da temperatura do quarto do doente. ME2 455 3 Quando a temperatura é agradável, de modo algum devem os doentes ser privados de completo suprimento de ar puro. Talvez os quartos não tenham sido construídos de modo a permitir que as janelas ou as portas de seu quarto fiquem abertas, sem que a corrente venha diretamente sobre eles, expondo-os a resfriar-se. Nestes casos devem ser abertas as janelas e portas de um aposento contíguo, deixando assim o ar puro penetrar no quarto ocupado pelo doente. O ar puro demonstrar-se-á mais benéfico ao doente do que os remédios, e lhes é muito mais necessário do que o alimento. Passarão melhor, e mais depressa se restabelecerão, privados de alimento, do que de ar puro. ME2 456 1 Muitos inválidos foram confinados semanas e meses em quartos fechados, excluindo-se a luz, e o puro e revigorante ar do céu, como se o ar fosse inimigo mortal, quando era justamente o remédio que o doente precisava para ficar bom. O organismo todo estava debilitado e enfermo por falta de ar, e a natureza sucumbia à carga de acumuladas impurezas, a não falar dos tóxicos da moda, ministrados pelos médicos, até ser dominada e baquear em seus esforços, e o doente morrer. Poderia ter vivido. O Céu não queria a sua morte. Morreu vítima de sua própria ignorância e da dos amigos, e da ignorância e engano dos médicos, que lhe ministraram venenos da moda e não lhe permitiram beber água pura e respirar ar renovado, para lhe revigorar os órgãos vitais, purificar o sangue e ajudar a natureza em sua tarefa de vencer o mau estado do organismo. Esses valiosos remédios que o Céu proveu, sem dinheiro e sem preço, foram postos de lado, e considerados não só sem valor, mas mesmo como inimigos perigosos, ao passo que os venenos prescritos pelos médicos, foram tomados em cega confiança. ME2 456 2 Têm morrido por falta de água pura e puro ar, milhares de pessoas que poderiam ter vivido. E milhares de inválidos vivos, que são um peso morto para si e para os outros, pensam que sua vida dependa de tomar medicamentos receitados pelos médicos. Estão constantemente guardando-se do ar e evitando o uso da água. Estas bênçãos precisam eles para sararem. Se fossem esclarecidos e deixassem intocados os remédios, acostumando-se ao exercício ao ar livre, e ao ar dentro de casa, no verão e no inverno, e usassem água branda para beber e banhar-se, sentir-se-iam relativamente bem e felizes, em vez de curtir uma existência infeliz. ME2 456 3 É dever dos assistentes e enfermeiros, no quarto do enfermo, ter cuidado especial de sua própria saúde, especialmente nos casos críticos de febre e de tuberculose. Não deve uma só pessoa permanecer muito confinada ao quarto do doente. É mais seguro poder confiar em duas ou três pessoas, que sejam enfermeiros cuidadosos e compreensivos e se revezem no cuidado e confinamento do quarto do doente. Cada um deles deve fazer exercício ao ar livre, quantas vezes possível. Isto é importante para os serventes junto ao leito do enfermo, especialmente se os amigos do doente pertencem à classe dos que continuam a considerar o ar, admitido ao quarto, como um inimigo, não permitindo que se abram as janelas ou portas. O doente, juntamente com os que o assistem, são assim obrigados a respirar dia a dia a atmosfera tóxica, por causa da inescusável ignorância dos amigos do doente. ME2 457 1 Em muitíssimos casos os serventes ignoram as necessidades do organismo e a relação que tem com a saúde o respirar ar puro, bem como os efeitos de respirar o ar viciado do quarto de doente -- ar que destrói a vida. Neste caso a vida do doente corre perigo, e os próprios serventes ficam sujeitos a apanhar doenças, perdendo a saúde e talvez a vida. ME2 457 2 Se a febre entra numa família, muitas vezes acontece que mais de um dos membros a apanha. Isto não precisa ser assim, se são corretos os hábitos da família. Se seu regime alimentar é o que deve ser, e observam hábitos de asseio, e reconhecem a necessidade de ventilação, não é preciso que a febre contagie outro membro da família. A razão de certas febres demorarem em famílias, expondo os serventes, está em não ser o quarto do doente mantido livre de infecções tóxicas, mediante o asseio e ventilação adequada. ME2 457 3 Se os serventes estão alerta à questão da saúde e reconhecem a necessidade de ventilação para seu próprio benefício, assim como o do paciente, mas os parentes, assim como o doente, se opõem à admissão de ar e luz ao quarto, os serventes não devem ter escrúpulos de consciência para sair do quarto. Devem sentir-se desobrigados de seus deveres para com o doente. Não é dever de um ou mais, arriscar a possibilidade de apanhar doença, pondo em perigo sua vida pelo respirar um ar tóxico. Se o doente cair vítima de suas próprias idéias errôneas, excluindo do quarto a mais necessária das bênçãos celestes, que assim faça, mas não com risco dos que devem viver. ME2 457 4 Uma mãe, por intuição de dever, deixa sua família para trabalhar num quarto de doente, onde não se permitiu que entrasse ar puro, e adoece por respirar o ar viciado, que lhe afeta todo o organismo. Depois de um período de muito sofrimento, morre, deixando órfãos seus filhos. O doente, que participou da simpatia e do abnegado cuidado daquela mãe, restabelece-se; mas nem o doente nem os amigos do doente entenderam que uma vida preciosa foi sacrificada por causa da sua ignorância quanto à relação que o ar puro mantém com a saúde. Nem sentiram eles responsabilidade para com o rebanho ferido, deixado sem o terno cuidado materno. ME2 458 1 As mães às vezes permitem às filhas cuidarem de doentes em quartos mal ventilados e, em conseqüência, têm de cuidar delas através de um período de doença. E por causa de sua ansiedade e do cuidar de sua filha, a mãe por sua vez adoece, e muitas vezes uma delas, ou ambas, morrem, ou ficam com a constituição arruinada, ou se tornam inválidas pelo resto da vida. Há um lamentável catálogo de males que têm sua origem no quarto de doente, do qual se excluiu o ar puro do céu. Todos os que respiram esse ar tóxico violam as leis de seu ser, e têm de sofrer a pena. ME2 458 2 Os doentes, em geral, são molestados com demasiadas visitas, que com eles conversam e os cansam introduzindo diferentes assuntos, quando eles precisam é de descanso, quieto e imperturbado. Muitos adoecem por exigir demais de suas forças. Suas energias exauridas os compelem a cessar o trabalho, e são depostos no leito de sofrimento. Descanso, ausência de cuidados, luz, ar puro, água pura e dieta frugal, é tudo o que necessitam para sararem. É bondade errada a que leva a tantos, por cortesia, a visitar os doentes. Muitas vezes estes passam uma noite insone e sofrida, depois de receber visitas. Ficaram um tanto agitados, e a reação foi demasiado grande para suas energias já debilitadas e, em resultado dessas visitas da moda, foram levados a um estado muito perigoso, e vidas têm sido sacrificadas por falta de reflexão e prudência. ME2 458 3 Às vezes é grato ao doente receber visita, e saber que os amigos não o esqueceram em sua doença. Mas, embora tenham sido satisfatórias, em muitíssimos casos essas visitas da moda têm mudado os pratos da balança quando o doente estava melhorando, descendo ele à morte. Os que não se podem tornar úteis devem ser cuidadosos na questão de visita aos doentes. Se não podem fazer algum bem, talvez façam o mal. Mas os doentes não devem ser negligenciados. Devem receber o melhor dos cuidados, bem como a simpatia de amigos e parentes. ME2 459 1 Muito mal tem resultado aos doentes, do costume generalizado de ficarem pessoas vigiando, durante a noite. Nos casos críticos isso pode ser necessário; mas muitas vezes se dá o caso de causar essa prática mais dano do que benefício ao doente. Tem sido costume excluir o ar do quarto do doente. A atmosfera desses quartos, para dizer pouco, fica muito viciada, o que muito agrava o estado do doente. Além disso, haver uma ou duas pessoas vigiando, para usar o pouco ar necessário que encontre entrada ao quarto pelas frestas das portas e janelas, significa privá-lo dessa vitalidade, deixando-o mais debilitado do que se tivesse sido deixado só. O mal não termina aqui. Mesmo um só vigia causa algum movimento, o que perturba o doente. Havendo dois a vigiar, muitas vezes conversam juntos, às vezes em voz alta, mas mais freqüentemente em tom de cochicho, o que é muito mais incômodo e excitante aos nervos do doente do que falar alto. ME2 459 2 Muitas noites sofridas e insones são suportadas pelos doentes por causa de vigilantes. Se fossem deixados a sós, sem a luz acesa, sabendo que todos repousavam, poderiam muito melhor dispor-se a dormir, e de manhã despertariam refrigerados. Cada respiração de ar vital no quarto do doente é de sumo valor, embora muitos doentes ignorem este fato. Sentem-se muito deprimidos, e não sabem de que se trata. Uma lufada de ar puro através de seu quarto teria sobre eles um efeito feliz e revigorador. ME2 459 3 Se, porém, temem o ar, e se excluem desta bênção, o pouco que é permitido alcançá-los não deve ser consumido por vigilantes, ou pela luz de lampião. Os serventes dos doentes devem, se possível, deixá-los em calma e repouso através da noite, enquanto ocupam um aposento contíguo. ME2 459 4 Todo ruído e agitação desnecessários devem ser evitados no quarto do doente, e a casa toda deve ser conservada o mais quieta possível. Ignorância, esquecimento e descuido têm causado a morte de muitos que poderiam ter vivido, se tivessem recebido cuidado adequado, de serventes judiciosos e atentos. As portas devem ser abertas e fechadas com grande cuidado, e os serventes devem ter domínio próprio, e ser calmos, serenos. ME2 460 1 Deve o quarto do doente, se possível, ter circulação de ar, dia e noite. A corrente não deve incidir diretamente sobre o doente. Enquanto há febre alta, pouco perigo existe de apanhar um resfriado. Mas torna-se necessário o cuidado especial quando sobrevém a crise, e a febre cede. Então pode ser necessária a vigilância constante, para conservar no organismo a vitalidade. O doente precisa de ar puro, revigorante. Se não se puder conseguir outro meio, deve o doente, se possível, ser removido para outro quarto e outra cama, enquanto o quarto, a cama e a roupa da mesma são purificados pela ventilação. Se os que têm saúde precisam das bênçãos da luz e do ar, e precisam observar hábitos de asseio para continuarem bem, os doentes estão em necessidade ainda maior de isso observarem, na proporção de seu estado de debilidade. ME2 460 2 Grande quantidade de sofrimento poder-se-ia poupar se todos trabalhassem para evitar a doença, obedecendo estritamente às leis da saúde. Estritos hábitos de asseio devem ser observados. Muitos, enquanto se acham bem, não se dão ao trabalho de manter-se com saúde. Negligenciam o asseio pessoal, e não são cuidadosos em manter limpa sua roupa. Impurezas estão constante e imperceptivelmente saindo do corpo, pelos poros, e se a superfície da pele não for conservada em estado sadio, o organismo se sobrecarrega com substâncias impuras. Se a roupa usada não é lavada freqüentemente, e muitas vezes arejada, torna-se imunda com as impurezas que são expelidas do corpo pela perspiração sensível e insensível. E se a roupa usada não é limpa freqüentemente dessas impurezas, os poros da pele reabsorvem a matéria gasta expelida. As impurezas do corpo, se não se permitir que saiam, são devolvidas ao sangue e impostas aos órgãos internos. A natureza, para aliviar-se das impurezas tóxicas, faz um esforço por livrar o organismo -- esforço que produz febres, e que se denomina doença. Mas mesmo então, se os doentes ajudassem a natureza em seus esforços, mediante o uso de água pura, branda, muito sofrimento seria evitado. Muitos, porém, em vez de isso fazer, e procurar remover do organismo a matéria tóxica, nele introduzem um veneno mais mortífero, para remover um tóxico já ali presente. ME2 461 3 Se toda família reconhecesse os benéficos resultados de um asseio completo, fariam esforços especiais para remover toda impureza, de si e de sua casa, e estenderiam seus esforços aos arredores. Muitos deixam matéria vegetal em decomposição na proximidade de sua casa. Não estão alerta aos efeitos dessas coisas. Dessas substâncias em decomposição sobe constantemente uma emanação que intoxica o ar. Inalando o ar impuro, intoxica-se o sangue, os pulmões ficam afetados, e todo o organismo enferma. Doenças de quase todas as descrições são causadas pela inalação do ar afetado por essas substâncias em decomposição. ME2 461 1 Famílias têm sido afligidas com febres, alguns membros têm morrido e os restantes da família quase murmuraram contra seu Criador por causa da triste perda, quando a causa única de toda a sua doença e morte foi resultado de seu próprio descuido. As sujidades em volta de sua casa acarretaram-lhes doenças contagiosas, e as tristes aflições de que acusam a Deus. Toda família que preze a saúde deve limpar sua casa e arredores de toda substância em decomposição. ME2 461 2 Deus ordenou que os filhos de Israel em caso algum tolerassem a impureza em sua pessoa ou sua roupa. Os que tinham qualquer impureza pessoal eram excluídos do acampamento até à tarde, e então tinham que lavar-se e a sua roupa, antes de poderem entrar no acampamento. Também lhes ordenou Deus que não tivessem sujidades em seus arredores até grande distância do acampamento, para que o Senhor, passando, não visse sua imundície. ME2 461 3 Com respeito ao asseio, Deus não requer menos de Seu povo hoje, do que em relação ao Israel antigo. A negligência da limpeza induz a doença. Doença e morte prematura não vêm sem causa. Febres obstinadas e graves doenças têm prevalecido em comunidades e cidades anteriormente consideradas salubres, e alguns têm morrido, enquanto outros foram deixados com a constituição alquebrada, mutilados por toda a vida, pela doença. Em muitos casos seu próprio quintal contém o agente de destruição, que despediu veneno letal para a atmosfera, para ser inalado pela família e a vizinhança. A lerdeza e negligência testemunhada às vezes é animalesca, e a ignorância dos efeitos dessas coisas sobre a saúde é assombrosa. Esses lugares devem ser limpos, especialmente no verão, com auxílio de cal, ou cinza, ou pelo enterramento diário. ME2 462 1 Algumas casas são mobiliadas ricamente, mais para satisfazer o orgulho e para receber visitas, do que com vistas ao conforto, conveniência e saúde da família. Os melhores aposentos são conservados escuros. Excluem-se a luz e o ar, para que a claridade do céu não estrague a rica mobília, nem desbote os tapetes ou deslustre as molduras dos quadros. Quando se permite às visitas assentar-se nesses aposentos preciosos, correm perigo de resfriar-se, por causa da atmosfera semelhante à de porão, que os satura. Salas de visita e quartos de dormir são conservados fechados da mesma forma, e pelas mesmas razões. E quem quer que ocupe essas camas que não foram livremente expostas à luz e ao ar, fazem-no a expensas da saúde, e muitas vezes da própria vida. ME2 462 2 Os aposentos que não são expostos à luz e ao ar tornam-se úmidos. As camas e a roupa atraem umidade, e a atmosfera desses recintos é tóxica, porque não foi purificada pela luz e pelo ar. Doenças várias se têm produzido por dormir nesses apartamentos da moda, daninhos à saúde. Toda família que preze a saúde mais do que o vão aplauso de visitantes da moda, providenciará a circulação do ar, e abundância de luz em cada cômodo de sua casa, por várias horas cada dia. Muitos, porém, seguem a moda tão de perto, que se tornam escravos dela, e preferem sofrer doença e mesmo a morte, a afastar-se da moda. Colherão aquilo que semeiam. Continuam a viver segundo a moda e sofrer doenças em conseqüência, medicando-se com tóxicos da moda e morrendo morte segundo a moda. ME2 462 3 Os quartos de dormir, especialmente, devem ser bem arejados, tornando-se-lhe saudável a atmosfera, mediante luz e ar. As persianas devem deixar-se abertas várias horas por dia, as cortinas corridas e o aposento arejado completamente. Não deve ficar, nem por breve espaço de tempo, coisa alguma que destrua a pureza da atmosfera. ME2 462 4 Muitas famílias sofrem de dor de garganta e moléstias dos pulmões, e males do fígado, causados por seu próprio procedimento. Seus quartos de dormir são pequeninos, impróprios para neles se dormir uma só noite, mas ocupam esses quartinhos por semanas, e meses, e anos. Conservam fechadas as janelas e portas, receando apanhar resfriado se houver uma frestazinha que deixe penetrar o ar. Respiram repetidamente o mesmo ar, até tornar-se ele impregnado das impurezas tóxicas e matérias gastas expelidas de seu corpo, através dos pulmões e dos poros da pele. Esses podem pôr à prova a questão, e convencer-se do ar insalubre de seus aposentos fechados, se neles penetrarem depois de terem ficado um pouco ao ar livre. Terão então uma idéia das impurezas que transmitiram ao sangue, mediante as inalações dos pulmões. Os que assim abusam da saúde, têm de sofrer doenças. Todos deveriam considerar a luz e o ar como pertencendo às mais preciosas bênçãos do Céu. Não devem excluir essas bênçãos, como se fossem inimigos. ME2 463 1 Os dormitórios devem ser amplos e dispostos de modo a circular através deles o ar, dia e noite. Os que têm excluído o ar de seus quartos de dormir, devem começar imediatamente a mudar seu procedimento. Devem deixar entrar o ar aos poucos, e aumentar sua circulação até que o possam suportar, no inverno e no verão, sem perigo de resfriar-se. Os pulmões, para serem sadios, precisam de ar puro. ME2 463 2 Os que não tiverem no quarto a livre circulação do ar durante a noite, geralmente despertam sentindo-se exaustos, febris, e não sabem a causa. O que todo o organismo pedia, era ar, o ar vital, mas não pôde obter. Ao levantar-se de manhã, a maioria das pessoas tiraria benefício de tomar um banho de esponja ou, se for mais agradável, um banho manual, com uma simples bacia d'água. Isto removerá impurezas da pele. Então se deve remover a roupa de cama, peça por peça, e expô-la ao ar. As janelas devem ser abertas e as persianas enroladas, deixando-se que o ar circule livremente por várias horas, se não o dia inteiro, através dos aposentos de dormir. Desta forma a cama e as roupas se tornarão completamente arejadas e serão removidas do quarto as impurezas. ME2 463 3 É insalubre ter muito perto de casa, árvores e arbustos densos, pois impedem a livre circulação do ar, e não deixam que através deles os raios do Sol brilhem suficientemente. Em conseqüência, a casa se torna úmida. Especialmente nos períodos de chuva os dormitórios se tornam úmidos, e os que dormem nessas camas ficam atacados de reumatismo, nevralgia e dores nos pulmões, que geralmente terminam em tuberculose. Muitas árvores de sombra derrubam muita folhagem que, se não forem removidas imediatamente, apodrecem, intoxicando a atmosfera. Um quintal enfeitado de árvores esparsas e alguns arbustos, a distância apropriada de casa, tem efeito alegre e feliz sobre a família e, se forem bem cuidados, não se mostrarão daninhos à saúde. As moradias devem, se possível, ser construídas em terreno alto e seco. Se se constrói uma casa em lugar onde a água se junta em derredor e fica por algum tempo, secando então aos poucos, sobem emanações tóxicas, resultando febre intermitente, dor de garganta, doenças dos pulmões e febres. ME2 464 1 Muitos têm esperado que Deus os guardasse da doença simplesmente porque Lhe pediram que o fizesse. Deus, porém, não tomou conhecimento de suas orações, porque sua fé não foi aperfeiçoada pelas obras. Deus não operará um milagre para guardar de doenças os que não cuidam de si mesmos, mas transgridem continuamente as leis da saúde, não fazendo nenhum esforço por evitar a doença. Quando fazemos tudo que de nossa parte podemos, para ter saúde, então podemos esperar que se seguirão os benditos resultados, e podemos com fé pedir a Deus que abençoe nossos esforços para preservação da saúde. Então Ele atenderá a nossas orações, se com isso puder ser glorificado o Seu nome. Compreendem, porém, todos, que têm uma obra a fazer. Deus não operará de modo milagroso para preservar a saúde das pessoas que seguem um procedimento que por certo os tornará doentes, por motivo de sua negligente desatenção às leis da saúde. -- How to Live, 4:54-64. Capítulo 5 ME2 465 1 Nesta época de degenerescência, nascem crianças com constituição debilitada. Assombram-se os pais com a grande mortalidade entre as crianças e os jovens, e dizem: "Outrora não era assim." As crianças eram mais sadias e vigorosas, com muito menos cuidado do que recebem hoje. Entretanto, com todo o cuidado que se lhes dá hoje, tornam-se débeis, fanam-se e morrem. Em resultado dos maus hábitos dos pais, têm-se transmitido doenças e imbecilidade para a prole. ME2 465 2 Depois de nascerem, pioram muito, pela descuidosa falta de atenção às leis de seu ser. A direção apropriada havia de melhorar muito sua saúde física. Mas os pais raro seguem um procedimento certo para com os filhos pequenos, considerando a infeliz herança já deles recebida. Seu procedimento errado para com os filhos acarreta a diminuição de sua perspectiva de vida, preparando-os para a morte prematura. A esses pais não faltou amor aos filhos, mas esse amor foi mal aplicado. Um dos grandes erros da mãe no trato de seu bebê é privá-lo muito do ar puro -- exatamente do que ele precisa para se tornar forte. É costume de muitas mães cobrir a cabeça da criança quando dorme, e isto mesmo num quarto aquecido, poucas vezes ventilado como deveria. Isto, só, é bastante para enfraquecer grandemente a ação do coração e pulmões, afetando assim o organismo todo. Conquanto seja necessário proteger a criança de uma corrente de ar, ou de qualquer mudança repentina e demasiado grande, deve-se ter cuidado especial para que ela respire ar puro e revigorante. Não deve permanecer no quarto da criança ou em torno dela, nenhum odor desagradável. Essas coisas são mais perigosas ao débil infante do que às pessoas adultas. ME2 465 3 Mães têm tido o costume de vestir as crianças com vistas à moda, em vez da saúde. O guarda-roupa da criança geralmente é preparado de modo a ser bonito, mais para ostentação do que para conveniência e conforto. Muito tempo se gasta com bordados e desnecessários trabalhos de fantasia, para tornar linda a roupa do pequeno hóspede. A mãe muitas vezes faz esse trabalho a expensas da saúde, sua e a da prole. Quando ela devia fruir agradável exercício, muitas vezes se acha inclinada sobre um trabalho que lhe força severamente os olhos e os nervos. E muitas vezes é difícil despertar a mãe ao reconhecimento de sua solene obrigação de cuidar de suas próprias forças, para seu bem, assim como o bem da criança. ME2 466 1 A ostentação e a moda são o altar demoníaco sobre o qual muitas mulheres americanas sacrificam seus filhos. A mãe envolve os pequeninos pedaços de humanidade nas roupas da moda, que ela gastou semanas para confeccionar e que são inteiramente impróprias para uso, se é que a saúde deva ser considerada como tendo qualquer importância. As roupas fazem-se extravagantemente compridas, e para mantê-las no lugar, o corpo do pequeno é cingido com faixas apertadas, ou cintos que impedem a livre ação do coração e dos pulmões. As crianças são também obrigadas a carregar um peso desnecessário, por causa do comprimento de suas roupas, e assim vestidas, não podem usar livremente os músculos e os membros. ME2 466 2 As mães têm julgado necessário comprimir o corpo de seus bebês, para conservá-los em forma, como temerosas de que, sem faixas apertadas, caíssem em pedaços, ou se tornassem deformados. Porventura a criação animal se deforma por ser a natureza deixada a fazer sua própria obra? Deformam-se os cordeirinhos por não serem cingidos com faixas que lhes mantenham as formas? Têm formas delicadas e lindas. Os infantes humanos são os mais perfeitos, e no entanto os mais desajudados de todas as obras das mãos do Criador, e por isso devem as mães ser instruídas acerca das leis físicas, de modo a estar em condições de criá-los com saúde física, mental e moral. Mães! a natureza deu a vossos infantes formas que não precisam de cintos ou faixas para os aperfeiçoar. Deus os supriu de ossos e músculos suficientes para sua sustentação, e para resguardar a delicada máquina interna da natureza, antes de os entregar aos vossos cuidados. ME2 466 3 A roupa do pequeno deve ser arranjada de modo que seu corpo não seja nada comprimido, depois de tomar uma refeição completa. Vestir as crianças segundo a moda, para serem apresentadas às visitas e ser por estas admiradas, é-lhes muito danoso. A roupa é arranjada engenhosamente, de modo a tornar a criança sem nenhum conforto, e muitas vezes é ela entregue ainda a maior desconforto pelo passar de uma a outra pessoa, sendo por todos amimada. Há, porém, um mal maior do que os mencionados. A criança é exposta a um ar viciado, causado pelos muitos hálitos, alguns dos quais são muito ofensivos e prejudiciais até para os pulmões fortes de pessoas adultas. Os pulmões do pequeno sofrem, e tornam-se enfermiços pela inalação do ar de um aposento intoxicado pelo hálito poluído dos fumantes. Muitas crianças ficam intoxicadas de modo a não haver mais remédio, por dormir na cama dos pais fumantes. Inalando as emanações tóxicas do fumo, expelido dos pulmões e dos poros da pele, o organismo da criança enche-se de veneno. Ao passo que ele age em alguns como veneno lento, afetando o cérebro, o coração, o fígado e os pulmões, ficam estes mais fracos e se degradam; sobre outros tem efeito mais direto, causando espasmos, desmaios, paralisia e morte repentina. Os consternados pais choram a perda de seus queridos, e duvidam da misteriosa providência de Deus, que tão cruelmente os afligiu, quando a Providência não pretendia a morte desses infantes. Morreram mártires da imunda concupiscência do fumo. Os pais, ignorantemente mas não menos certamente matam seus filhinhos pelo nauseante tóxico. Cada exalação dos pulmões do escravo do fumo, intoxica o ar ao seu redor. Os infantes devem ser conservados livres de tudo que tenha o efeito de excitar o sistema nervoso, e devem, quer despertos quer dormindo, dia e noite, respirar uma atmosfera limpa, pura e saudável, livre de qualquer contaminação de veneno. ME2 467 1 Outra grande causa da mortalidade infantil e juvenil, é o costume de deixar-lhes os braços e ombros desnudos. Esta moda não pode ser censurada com demasiada severidade. Tem custado a vida de milhares. O ar, banhando os braços e pernas e circulando pelas axilas, resfria essas partes sensíveis do corpo, tão próximas dos órgãos vitais, e estorva a sadia circulação do sangue, induzindo a doença, especialmente dos pulmões e cérebro. Os que consideram a saúde dos filhos de mais valor do que tolas lisonjas das visitas, ou a admiração de estranhos, hão de sempre vestir os ombros e braços de seus delicados bebês. Freqüentemente tem sido chamada a atenção da mãe para os braços e mãos vermelhos da criança, e ela tem sido advertida acerca de sua prática destruidora da saúde e da vida; e a resposta muitas vezes tem sido: "Eu sempre visto meus filhos desta maneira. Eles se acostumam a isso. Não suporto ver cobertos os braços de uma criança. Parece antiquado." Essas mães vestem seus delicados filhos como não se abalançariam a vestir-se a si mesmas. Sabem que, se seus próprios braços fossem expostos sem agasalho, tiritariam de frio. Poderão as crianças de tenra idade suportar esse processo de endurecimento sem receber dano? Algumas crianças talvez nasçam com constituição tão robusta que suportem semelhante abuso sem que lhes custe a vida; entretanto, milhares são sacrificadas, e dezenas de milhares têm assim os alicerces lançados para uma vida breve e inválida, graças ao costume de assim enfaixar e sobrecarregar o corpo com muita roupa, enquanto os braços -- que estão distantes da sede da vida, e por esta causa precisam mesmo de mais agasalho do que o peito e os pulmões -- são deixados desnudos. Poderão as mães que assim tratam seus bebês, esperar que eles sejam calmos e sadios? ME2 468 1 Quando as pernas e os braços ficam frios, o sangue é impelido dessas partes para os pulmões e a cabeça. A circulação é embaraçada, e a delicada máquina da natureza não se move harmonicamente. Corre perigo o organismo do bebê, e ele chora e se queixa por causa do abuso que é obrigado a sofrer. A mãe o alimenta, julgando que esteja com fome, quando o alimento tão-somente lhe aumenta o mal-estar. Faixas apertadas e estômago sobrecarregado não concordam entre si. A criança não tem espaço para respirar. Pode ela gritar, lutar e arquejar, e todavia a mãe não desconfia da causa. Poderia aliviar desde logo o sofredor, pelo menos afrouxando as faixas, se entendesse a natureza do caso. Afinal ela se torna alarmada, julgando que o filhinho está de fato doente, e chama o médico, que por uns instantes fita com gravidade o pequeno e então receita um remédio tóxico, ou alguma poção denominada cordial, que a mãe, fiel às instruções, despeja na garganta do maltratado bebê. Se ele não estava doente anteriormente, adoece com esse processo. Sofre agora de doença engendrada pelas drogas -- a mais obstinada e incurável de todas as doenças. Se se restabelece, tem de sofrer, mais ou menos, em seu organismo os efeitos daquela droga tóxica, e fica sujeito a espasmos, males do coração, hidropisia do cérebro ou tuberculose. Algumas crianças não são bastante fortes para suportar mesmo um pouquinho dos venenos das drogas, e ao acorrer a natureza para enfrentar o intruso, as forças vitais do delicado bebê sofrem pressão demasiado grande, e a morte põe fim ao caso. ME2 468 2 Não é incomum, nesta época do mundo, ver a mãe junto ao berço do seu bebê sofredor e moribundo, coração tomado de angústia, ao ouvir-lhe os débeis gemidos e testemunhar-lhe as ânsias da morte. Parece-lhe um mistério que Deus assim aflija seu filhinho inocente. Não pensa que foi seu procedimento errado o que acarretou o triste resultado. Ela lhe destruiu o apoio à vida, como se lhe tivesse ministrado veneno. A doença nunca vem sem causa. Primeiro é preparado o caminho e convidada a doença, pelo desrespeito às leis da saúde. Deus não tem prazer nos sofrimentos e morte das criancinhas. Ele as confia aos pais, para que as eduquem física, mental e moralmente, preparando-as para a utilidade aqui, e para o Céu afinal. ME2 469 1 Se a mãe permanece em ignorância quanto às necessidades físicas de seu filho e, em conseqüência, ele adoece, não precisa ela esperar que Deus opere um milagre para frustrar o seu ato de fazê-lo adoecer. Têm morrido milhares de crianças que poderiam viver. São mártires da ignorância dos pais acerca da relação que o alimento, o vestuário e o ar que respiram, mantêm com a saúde e a vida. As mães dos tempos passados deviam ter sido os médicos de seus filhos. O tempo que dedicavam ao exagerado embelezar o guarda-roupa do pequeno, deveriam ter gasto em propósito mais nobre: educar seu próprio espírito com respeito a suas próprias necessidades físicas, bem como das de sua prole. Deveriam ter entesourado na mente conhecimentos úteis, acerca do melhor procedimento que deveriam seguir para criar os filhos com saúde, apercebidas de que as gerações seriam prejudicadas ou beneficiadas por seu procedimento. ME2 469 2 As mães que têm crianças indisciplinadas, irritadiças, devem procurar descobrir a causa de seu desassossego. Assim fazendo, muitas vezes verão que existe algo de errado em sua direção. Muitas vezes se dá o caso de que a mãe se torna alarmada pelos sintomas de doença manifestados pelo filho, e chama apressadamente o médico, quando os sofrimentos do pequeno teriam sido aliviados tirando-lhe ela a roupa apertada e substituindo-a por roupa bastante frouxa e curta, para que possa mexer os pés e pernas. As mães devem refletir da causa para o efeito. Se a criança se resfriou, isso é geralmente devido à má direção da mãe. Se lhe cobre a cabeça, assim como o corpo, ao dormir, dentro em pouco estará suando, por causa da respiração difícil, devido à falta de ar puro, vital. Quando ela a tira de debaixo das cobertas, é quase certo resfriar-se. Os braços desnudos expõem constantemente a criança ao frio e à congestão dos pulmões ou do cérebro. Essas exposições preparam o caminho para o pequeno se tornar doentio e definhado. ME2 469 3 Os pais são, em grande parte, responsáveis pela saúde física dos filhos. As crianças que sobrevivem aos abusos da infância, não estão fora de perigo em sua juventude. Seus pais seguem ainda um procedimento errado para com eles. Suas pernas, assim como os braços, são deixados quase desnudos. Os que dão à moda mais valor que à saúde, colocam anquinhas nas filhas. As anquinhas não são convenientes, nem modestas nem saudáveis. Impedem a roupa de agasalhar de perto o corpo. As mães agasalham-lhes então a parte superior das pernas com calcinhas de musselina, que chegam até ao joelho, enquanto a parte inferior das pernas só se cobre com uma espessura de flanela ou algodão, e os pés são protegidos com botinas de sola fina. Como a roupa é mantida afastada do corpo pelas anquinhas, é impossível receber a menina suficiente calor de suas vestes, e as pernas constantemente são banhadas de ar frio. As extremidades resfriam-se e o coração tem dobrado trabalho, para forçar o sangue a essas extremidades frias, e quando o sangue perfez o seu circuito através do corpo, e voltou ao coração, já não é a mesma corrente quente e vigorosa que era quando o deixou. Foi resfriado ao passar pelas pernas. O coração, debilitado por excesso de trabalho e má circulação de mau sangue, é então compelido a um esforço ainda maior, para impelir o sangue às extremidades que nunca têm o calor sadio das outras partes do corpo. O coração fracassa em seus esforços, e os membros tornam-se habitualmente frios; e o sangue, que pelo frio se retrai dos membros, é devolvido aos pulmões e ao cérebro, e o resultado é inflamação e congestão dos pulmões ou do cérebro. ME2 470 1 Deus tem como responsáveis as mães pelas doenças que os filhos são obrigados a sofrer. As mães prostram-se ao altar da moda e sacrificam a saúde e a vida dos filhos. Muitas mães ignoram o resultado de seu procedimento de assim vestir os filhos. Mas, não deveriam elas informar-se, já que tanto está em jogo? Será a ignorância escusa suficiente para vós que possuís a faculdade do raciocínio? Podeis informar-vos, se quiserdes, e vestir de modo saudável vossos filhos. ME2 470 2 Podem os pais renunciar à expectativa de que seus filhos tenham saúde enquanto os envolvem em capotes e peles, sobrecarregando de agasalho as partes do corpo que não requerem tal quantidade, e deixando então quase desnudos os membros, que deveriam ter proteção especial. As partes do corpo próximas da fonte da vida, precisam menos agasalho do que as pernas, que ficam distantes dos órgãos vitais. Se as pernas e os pés pudessem ter o agasalho suplementar geralmente usado sobre os ombros, os pulmões e o coração, e fosse induzida a sadia circulação nas extremidades, os órgãos vitais desempenhariam então sua parte de modo sadio, tendo apenas a parte correspondente de agasalho. ME2 471 1 Apelo para vós, mães: não vos sentis alarmadas e aflitas, ao ver vossos filhos pálidos e definhados, sofrendo de catarro, influenza, crupe, inflamações escrofulosas na face e na nuca, inflamação e congestão dos pulmões e do cérebro? Refletistes da causa para o efeito? Provestes-lhes um regime alimentar simples mas nutritivo, isento de gordura animal e condimentos? Não seguistes os ditames da moda no vestuário dos filhos? Deixar-lhes os braços e pernas protegidos insuficientemente tem sido causa de vasta quantidade de doenças e mortes prematuras. Não há razão para que os pés e pernas de vossas meninas não sejam, em todos os sentidos, tão bem agasalhados como os dos vossos meninos. Estes, acostumados ao exercício ao ar livre, tornam-se habituados ao frio e à exposição, e são realmente menos susceptíveis a resfriarem-se quando usam pouco agasalho, do que as meninas, porque o ar livre parece ser seu elemento natural. Meninas delicadas acostumam-se a viver dentro de casa, em ambiente aquecido, e entretanto saem de um aposento aquecido para o ar livre, com as pernas e pés raramente mais protegidos contra o frio do que quando estão num aposento fechado e aquecido. O ar logo lhes resfria as pernas e pés, preparando o caminho para a doença. ME2 471 2 Vossas meninas devem usar a cintura de seus vestidos perfeitamente frouxa, e devem usar um estilo de vestido conveniente, confortável e modesto. No tempo frio devem usar ceroulas quentes de flanela ou algodão, que podem ser metidas dentro das meias. Sobre elas devem vestir calças forradas, quentes, que podem ser amplas, juntadas e abotoadas em volta do tornozelo, ou adelgaçando para os pés e chegar aos sapatos. Seu vestido deve ficar abaixo do joelho. Com este estilo de vestido, uma saia leve, ou no máximo duas, é o que basta, e estas devem ser abotoadas na blusa. Os sapatos devem ter sola grossa e ser perfeitamente cômodos. Com este estilo de vestuário vossas meninas não estarão mais sujeitas ao perigo ao ar livre do que vossos rapazes. E teriam muito melhor saúde, se vivessem mais ao ar livre, mesmo no inverno, do que ficarem confinadas ao pouco ar de um aposento aquecido por estufa. ME2 471 3 É pecado à vista do Céu, vestirem os pais os seus filhos como o fazem. A única desculpa que podem apresentar é: Isto é moda! Não podem alegar modéstia, para assim expor as pernas dos filhos com apenas um agasalho agarrado a elas. Não podem alegar que seja saudável, ou realmente atraente. O continuarem outros a seguir esta prática daninha à saúde e destruidora da vida, não é desculpa para os que se têm na conta de reformadores. O seguirem todos os que vos cercam uma moda danosa à saúde, não fará vosso pecado um jota menor, nem será garantia para a saúde e vida de vossos filhos. -- How to Live 5:66-74. Capítulo 6 ME2 473 1 Minhas irmãs, há entre nós necessidade de uma reforma do vestuário. Há muitos erros na moda atual do vestuário feminino. É nocivo à saúde e, portanto, pecado usarem as mulheres espartilhos apertados, ou barbatanas, ou comprimirem a cintura. Essas coisas têm efeito deprimente sobre o coração, o fígado e os pulmões. A saúde de todo o organismo depende da ação sadia dos órgãos respiratórios. Milhares de mulheres têm arruinado sua constituição, trazendo sobre si doenças várias, em seus esforços por tornar enfermo e artificial um corpo sadio e natural. Estão descontentes com as disposições da Natureza, e em seus intensos esforços por corrigi-la, e submetê-la a suas idéias quanto à beleza, derribam-lhe a obra, deixando-a simples destroço. ME2 473 2 Muitas mulheres puxam para baixo as entranhas e os quadris, nestes dependurando pesadas saias. Os quadris não foram feitos para suster pesos. Em primeiro lugar, nunca se deveriam usar saias pesadas, acolchoadas. São desnecessárias, e um grande mal. O vestido feminino deve ser suspenso dos ombros. Seria agradável a Deus se houvesse mais uniformidade no vestuário entre os crentes. O estilo de vestuário usado antigamente pelos Amigos, é menos objetável. Muitos deles se tornaram indiferentes, e embora conservem a uniformidade da cor, têm condescendido com o orgulho e a extravagância, usando o material mais caro para fazer seus vestidos. Todavia sua escolha de cores simples, e o modesto e correto arranjo de seus vestidos, são dignos de imitação pelos cristãos. ME2 473 3 Os filhos de Israel, depois de terem sido tirados do Egito, foram ordenados a usar um simples cordão azul nos cantos de suas vestes (Números 15:38), para distingui-los, das nações em volta, e significar que eram o povo peculiar de Deus. Não se requer hoje do povo de Deus que tragam nas vestes um sinal distintivo. Mas no Novo Testamento muitas vezes nos é indicado o Israel antigo como exemplo. Se Deus deu direções assim definidas ao Seu povo da antiguidade, acerca de seu vestuário, não tomará Ele conhecimento do vestuário de Seu povo na atualidade? Não deveria haver em seu vestuário uma diferenciação do vestuário do mundo? Não deveria o povo de Deus, que é Seu tesouro peculiar, procurar mesmo no vestuário glorificar a Deus? E não deveriam eles ser exemplo na questão do vestuário, e por seu estilo simples reprovar o orgulho, a vaidade e extravagância dos que professam a verdade mas são mundanos e amantes de prazeres? Deus isto requer do Seu povo. O orgulho é reprovado em Sua Palavra. ME2 474 1 Existe, porém, uma classe de pessoas que está sempre batendo na tecla do orgulho e do vestuário, que são negligentes quanto ao seu próprio traje, e que julgam virtude andar sujo, e vestir-se sem ordem nem bom gosto; e seu traje muitas vezes parece como se tivesse voado e descido sobre uma pessoa. Suas roupas são imundas, e no entanto esses estão sempre falando contra o orgulho. Classificam a decência e correção como orgulho. Tivessem eles estado entre os que se reuniram em torno da montanha para ouvir a lei pronunciada do Sinai, teriam sido expulsos da congregação de Israel, porque não obedeceram à ordem divina: "Lavem eles as suas vestes", (Êxodo 19:10), em preparo para ouvir a Sua lei, proclamada com terrível solenidade. ME2 474 2 Os Dez Mandamentos, pronunciados do Sinai por Jeová, não podem permanecer no coração de pessoas de hábitos desordenados, sujos. Se o Israel antigo não podia nem mesmo ouvir a proclamação daquela lei santa, a menos que tivessem obedecido à ordem de Jeová, lavando suas vestes, como poderá essa lei sagrada ser escrita no coração de pessoas que não são limpas no corpo, no vestuário ou em seu lar? É impossível. Pode sua profissão ser elevada como o Céu, não vale uma palha. Sua influência aborrece aos descrentes. Teria sido melhor se tivessem permanecido fora das fileiras do leal povo de Deus. A casa de Deus é desonrada por semelhantes professadores da fé. Todos os que se reúnem aos sábados para adorar a Deus devem, se possível, ter um traje correto, bem assentado, distinto, para usar na casa de culto. É desonra para o sábado, e para Deus e Sua casa, que os que professam ser o sábado o santo dia do Senhor, digno de honra, usem nesse dia a mesma roupa que usaram durante a semana, trabalhando na lavoura, quando podem obter outra. Se há pessoas merecedoras que, de todo o coração querem honrar ao Senhor do sábado, e o culto divino, e que não possam obter um muda de roupa, que os que têm posses dêem de presente a esses um terno para o sábado, para que apareçam na casa de Deus com vestuário limpo e assentado. Uma maior uniformidade de vestuário seria agradável a Deus. Os que gastam dinheiro com vestuário dispendioso e enfeites, podem com um pouco de abnegação exemplificar a religião pura, pela simplicidade do vestuário, e então usar os meios que em geral gastavam sem necessidade, em ajudar a algum irmão ou irmã pobres, a quem Deus ama, a obter um traje correto e modesto. ME2 475 1 Alguns adquirem a idéia de que, para efetuar a separação do mundo que a Palavra de Deus requer, devem negligenciar o vestuário. Há uma classe de irmãs que pensa que estão pondo em prática o princípio da não-conformidade com o mundo, usando no sábado um gorro comum, e a mesma roupa por elas usada através da semana, assim aparecendo na assembléia dos santos para entregar-se à adoração de Deus. E alguns homens que professam ser cristãos, olham à questão do vestuário sob o mesmo prisma. Reúnem-se com o povo de Deus no sábado, com a roupa poeirenta e encardida, e mesmo com bocejantes rasgões, e posta sobre o corpo de maneira negligente. Essas pessoas, se tivessem um compromisso de encontro com um amigo honrado pelo mundo, e desejassem ser especialmente favorecidas por ele, esforçar-se-iam por aparecer em sua presença com a melhor roupa que pudessem obter; pois esse amigo sentir-se-ia ofendido se comparecessem a sua presença com o cabelo despenteado e as vestes desasseadas e em desordem. Entretanto, essas pessoas acham que não importa com que roupa apareçam, ou qual o aspecto de sua pessoa, quando se reúnem aos sábados para adorar o grande Deus. Reúnem-se em Sua casa, que é como a câmara de audiência do Altíssimo, onde anjos celestiais estão presentes, com pouco respeito ou reverência, como o indicam sua pessoa e seu vestuário. Todo o seu aspecto simboliza o caráter desses homens e mulheres. ME2 475 2 O assunto favorito dessa classe de pessoas é o orgulho do vestuário. A decência, o bom gosto e a ordem são por eles considerados orgulho. E de conformidade com o vestuário dessas almas equivocadas são sua conversa, seus atos e seu trato. São descuidosos, e muitas vezes usam conversa rasteira, em seu lar, entre os irmãos e perante o mundo. O vestuário, e seu arranjo na pessoa, são geralmente considerados o índice do homem ou da mulher. Os que são descuidosos e desasseados no traje, raramente são elevados na conversação, e possuem sentimentos pouco delicados. Às vezes consideram humildade as extravagâncias e a grosseria. ME2 476 1 Os seguidores de Cristo são por Ele representados como o sal da Terra e a luz do mundo. Sem a salvadora influência dos cristãos, o mundo pereceria em sua própria corrupção. Vede a classe de professos cristãos já descritos, descuidosos de seu vestuário e sua pessoa, e frouxos em suas transações comerciais, como o mostram por seu vestuário, descorteses, grosseiros e desabridos nas maneiras, baixos em sua conversação; e ao mesmo tempo consideram esses infelizes traços como sinais de verdadeira humildade e vida cristã. Pensais vós que, se nosso Salvador estivesse na Terra, Ele apontaria para eles como sendo o sal da Terra e a luz do mundo? Não, nunca! Os cristãos são elevados em sua conversação, e embora creiam ser pecado condescender com tola lisonja, são corteses, bondosos e benevolentes. Suas palavras são sinceras e verdadeiras. São fiéis em seu trato com os irmãos e com os do mundo. No vestuário evitam a superfluidade e ostentação; mas seu vestuário é correto, não vistoso, modesto, e ajustado à pessoa com ordem e bom gosto. Têm cuidado especial em vestir-se de modo a mostrar um sagrado respeito para com o santo sábado, e o culto divino. A linha de demarcação entre essa classe e o mundo será tão clara que não possa deixar de ser reconhecida. A influência dos crentes seria dez vezes maior, se os homens e mulheres que abraçam a verdade, e que dantes eram descuidosos e frouxos em seus hábitos, fossem tão elevados, e santificados pela verdade, que observassem hábitos de correção, ordem e bom gosto em seu vestuário. Nosso Deus é Deus de ordem, e de modo algum Se agrada com a desordem, com a imundície ou com o pecado. ME2 476 2 Não devem os cristãos dar-se ao trabalho de se tornar objeto de estranheza por se vestirem diferentemente do mundo. Mas se, em harmonia com sua fé e dever em relação ao seu traje modesto e saudável, eles se virem fora de moda, não devem mudar sua maneira de vestir a fim de serem semelhantes ao mundo. Devem, porém, manifestar uma nobre independência e coragem moral para serem corretos, mesmo que todo o mundo deles difira. Se o mundo introduzir uma moda de vestuário modesta, conveniente e saudável, que esteja de acordo com a Bíblia, não mudará nossa relação com Deus ou com o mundo, o adotarmos essa moda de vestuário. Devem os cristãos seguir a Cristo, conformando seu traje com a Palavra de Deus. Devem fugir dos extremos. Devem humildemente seguir um procedimento retilíneo, independente de aplauso ou de censura, e devem apegar-se ao que é direito, pelos simples méritos do direito. ME2 477 1 Devem as mulheres agasalhar seus membros com vistas à saúde e ao conforto. Precisam ter os membros e os pés tão bem agasalhados como os têm os homens. O comprimento do vestido da mulher da moda é objetável por várias razões: ME2 477 2 1. É extravagante e desnecessário ter o vestido tão comprido que varra as calçadas e ruas. ME2 477 3 2. Um vestido desse comprimento apanha o orvalho da relva e a lama da rua, o que o torna desasseado. ME2 477 4 3. Em seu estado de sujeira ele entra em contato com os sensíveis tornozelos, que não são protegidos suficientemente, esfriando-os logo, sendo isso uma das maiores causas de catarro e de inflamações escrofulosas, pondo em perigo a saúde e a vida. ME2 477 5 4. O desnecessário comprimento aumenta o peso sobre os quadris e os órgãos internos. ME2 477 6 5. Dificulta o andar, incomodando muitas vezes os outros. ME2 477 7 Há ainda outra moda de vestido que é adotado por uma classe de pessoas chamadas reformadoras do vestuário. Imitam o sexo oposto, o mais possível. Usam casquete, calças, colete, casaco e botas, sendo esta a peça mais sensata do traje. Os que adotam e defendem esta moda, estão levando a chamada reforma do vestuário a extremos muito objetáveis. Confusão será o resultado. Alguns dos que adotam este traje podem estar corretos em seus pontos de vista gerais quanto à questão da saúde, e poderiam ser instrumentos na realização de muito maior soma de bem se não levassem a tais extremos a questão do vestuário. ME2 477 8 Nessa moda de vestuário foi invertida a ordem de Deus, e desrespeitadas Suas direções especiais. Deuteronômio 22:5: "A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher; porque qualquer que faz tais coisas é abominável ao Senhor teu Deus." Esta moda de vestuário Deus não deseja que Seu povo adote. Não é traje modesto, e absolutamente não se adapta a mulheres modestas e humildes, que professam ser seguidoras de Cristo. As proibições de Deus são consideradas levianamente por todos os que advogam a remoção da diferença de vestuário entre homens e mulheres. As posições extremas assumidas por alguns reformadores do vestuário sobre este assunto anulam sua influência. ME2 478 1 Designava Deus que houvesse clara distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considerou a questão de bastante importância para dar direções explícitas a esse respeito; pois se ambos os sexos usassem o mesmo vestuário isto causaria confusão, e grande aumento de crime. S. Paulo pronunciaria uma repreensão, fosse ele vivo hoje, se contemplasse mulheres que professam piedade usando esta moda de vestuário. "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas.)" A massa dos professos cristãos desrespeita completamente os ensinos dos apóstolos, usando ouro, pérolas e vestuário dispendioso. ME2 478 2 O leal povo de Deus é a luz do mundo e o sal da Terra. E devem sempre lembrar-se de que sua influência é de valor. Se trocassem o vestido extremamente comprido, por outro extremamente curto, destruiriam, em grande parte, a sua influência. Ficariam escandalizados os descrentes, a quem é seu dever fazer benefício e procurar levar aos pés do Cordeiro de Deus. Muitos melhoramentos podem ser feitos no vestuário das mulheres, com referência à saúde, sem fazer mudança tão grande que aborreça os circunstantes. ME2 478 3 O corpo feminino não deve no mínimo ser comprimido com espartilhos e barbatanas. O vestuário deve ser perfeitamente cômodo, para que os pulmões e o coração tenham ação sadia. O vestido deve chegar até um pouco abaixo do cano da botina; deve, porém, ser bastante curto para não tocar na imundície da calçada e da rua, sem que precise ser levantado com a mão. Um vestido mesmo mais curto que isso seria apropriado, conveniente e saudável para as mulheres, quando fazem seu trabalho doméstico, e especialmente para as que são obrigadas a fazer algum trabalho ao ar livre. Com esse estilo de vestuário, uma saia leve ou, no máximo, duas -- eis tudo que é necessário, e essas devem ser abotoadas a uma blusa, ou suspensas com tiras. Os quadris não foram feitos para suportar grande peso. As saias pesadas, usadas pelas mulheres, com seu peso forçando para baixo os quadris, foram causa de muitas doenças não fáceis de ser curadas, porque as sofredoras parecem ignorar a causa que as produziu, e continuam a violar as leis de seu ser, apertando o espartilho e usando saias pesadas, até que façam de si inválidas por toda a vida. Muitos exclamarão imediatamente: "Ora, semelhante moda de vestido seria antiquada!" E que tem isso, se assim for? Eu desejaria que fôssemos antiquados em muitos respeitos. Se pudéssemos ter a antiquada força que caracterizou as antiquadas mulheres das gerações passadas, isto seria muito de desejar! Não falo desavisadamente quando digo que a maneira em que as mulheres se vestem, juntamente com sua condescendência com o apetite, é a maior das causas de seu presente estado débil e enfermiço. Há apenas uma mulher dentre mil que agasalha seus membros como devia. Seja qual for o comprimento do vestido, devem as mulheres vestir seus membros tão cabalmente como os homens. Isto se pode fazer usando calças forradas, terminadas num cadarço preso aos tornozelos, ou calças amplas, estreitando para os pés; e estas devem ser bastante compridas para ir até aos sapatos. Os membros e pés assim vestidos são protegidos contra a corrente de ar. Se as pernas e os pés são conservados cômodos, com agasalho quente, a circulação será uniforme, e o sangue permanecerá sadio e puro, porque não é esfriado nem impedido em sua passagem natural através do organismo. -- How to Live 6:57-64. ------------------------Apêndice 2 -- Importantes fatores na escolha de um companheiro para a vida Uma declaração dos depositários do patrimônio literário de Ellen G. White ME2 481 1 Se o leitor acompanhar "Uma Palavra ao Leitor" que aparece em cada um dos dois volumes de Mensagens Escolhidas, notará que os dois livros se compõem de linhas de conselho, dadas através dos anos, que chegaram ao campo por intermédio de panfletos, artigos de periódicos e mensagens datilografadas, mas não foram incluídas nos nove volumes de conselhos dos Testemunhos publicados por Ellen White antes de sua morte. A publicação em 1958, nesta forma, proporciona à Igreja conselhos oportunos de um modo e numa ocasião que possibilitaram a inclusão da referência a eles nos três volumes do Comprehensive Index to the Writings of Ellen G. White. ME2 481 2 Algumas páginas nestes dois volumes e muitas páginas nos outros livros de Ellen G. White, e também não poucos dos testemunhos pessoais dirigidos a indivíduos, tratam do casamento. Esses conselhos apresentam importantes fatores para um matrimônio feliz e bem-sucedido, e para a felicidade e o bem-estar dos filhos nascidos nesse casamento. Também apresentam fatores que podem prejudicar o êxito da união. Ellen White nos assegura que "Jesus deseja ver casamentos felizes, felizes lares". -- Lar Adventista, O, 99. "A escolha do companheiro para a vida -- admoestou ela -- deve ser feita de molde a melhor assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual." -- A Ciência do Bom Viver, 357. ME2 482 1 Nesses escritos, a influência do lar é sempre mantida diante da Igreja. Ela recomendou que aqueles que tinham o olhar voltado para o casamento considerasse devidamente a influência da especial união contemplada. Com essa finalidade, insistiu que não houvesse egoísmo, cobiça ou decisões imprevidentes, (Veja a nota ao pé da página seguinte.) Ela recomendou que os homens e as mulheres que pretendiam casar-se "distinguissem entre o que é agradável e o que é proveitoso". Carta 4, 1901. Observou: "É da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nesta vida, e suas esperanças de existência futura." -- Lar Adventista, O, 43. ME2 482 2 A compatibilidade -- afirmou Ellen White -- era vitalmente essencial para um casamento feliz. Escreveu a respeito de "desgraça por toda a vida" que pode resultar de uma união dos que "não se adaptam um ao outro". Patriarcas e Profetas, 189. Numa mensagem aos jovens, ela declarou: ME2 482 3 "O mundo está cheio de miséria e pecado em conseqüência de maus casamentos. Em muitos casos leva apenas alguns meses para o marido e a mulher reconhecerem que suas disposições não poderão nunca unir-se; e o resultado é que prevalece no lar a discórdia, quando ali só deveriam existir o amor e a harmonia celeste." -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1899; Mensagens aos Jovens, 453; O Lar Adventista, 83. ME2 482 4 Ela fez uma advertência contra a "grande diferença de idade" dos que pensavam em casamento, a qual podia resultar em "sério prejuízo da pessoa mais moça" e privar os filhos "de força física e mental". A Ciência do Bom Viver, 358. ME2 482 5 O estado de saúde dos cônjuges de um provável casamento foi salientado por Ellen White como fator importante. "Homens doentios têm muitas vezes conquistado a afeição de mulheres aparentemente sadias, e porque se amavam, sentiram-se em perfeita liberdade de casar, nem considerando que por sua união a esposa deve ser mais ou menos uma sofredora, devido a seu marido doente." -- Mensagens Escolhidas 2:423. E então ela leva o assunto a sua conclusão lógica: "Se apenas os que entram assim nas relações matrimoniais fossem afetados, o pecado não seria tão grande. Seus descendentes são forçados a ser sofredores por doença transmitida." -- Ibidem. ME2 482 6 A habilidade dos cônjuges num casamento para sustentarem-se financeiramente também foi apresentada por Ellen White como um requisito para um matrimônio bem-sucedido. Ela salientou que há os que não adquiriram "propriedade" e "não possuíam força física, ou energia mental para adquirir propriedades". "Têm sido justamente esses que mais apressados são em casar-se, e tomaram sobre si mesmos responsabilidades de que não possuíam um justo senso." São, porém, os filhos que amiúde constituem os maiores sofredores, pois "os que são seriamente deficientes em tato nos negócios, e que são os menos qualificados para ser bem-sucedidos no mundo, enchem geralmente a casa de filhos", os quais, declara a autora, "não são devidamente alimentados ou vestidos, e não recebem preparo físico ou mental". Idem, 420, 421. ME2 482 7 Então foram dados conselhos sobre outro aspecto: unir em casamento homens e mulheres de diferente formação étnica e cultural. Quatro dessas apresentações fazem parte de manuscritos e relatos publicados. Duas das quatro declarações sobre esse ponto aparecem neste volume, nas páginas 343 e 344. Elas foram escritas em 1896 e 1912, respectivamente, e foram escolhidas para publicação neste volume porque apresentavam os princípios básicos envolvidos, revelando assim por que tais casamentos não devem ser incentivados. É declarado que essas uniões podem com facilidade "criar discussão e confusão". Outra razão apresentada por ela para desaconselhar tais casamentos parece ser a "desvantagem" que eles impõem sobre a prole, e isso pode ocasionar "um sentimento de amargura para com os pais... [que deram aos filhos] essa herança para toda a vida". ME2 482 8 A outra apresentação sobre esse ponto é uma carta de conselho, escrita em 8 de Janeiro de 1901, a um jovem que fazia planos que teriam resultado no casamento de alguém da raça caucásia com uma pessoa da raça negra. Seus conselhos são os incluídos na comunicação semelhante de 1912 e relatados na página 344 deste volume. Mas Ellen White acrescenta palavras que requerem profunda reflexão: ME2 482 9 "Não se una em casamento com uma jovem que tenha motivo para deplorar constantemente esse passo mais tarde. ... ME2 483 1 "Oh, que criaturas cobiçosas, egoístas e imprevidentes são os seres humanos! Não confie em seu próprio juízo, e, sim, no juízo de Deus. Distinga entre o que é agradável e o que é proveitoso. Faça a vontade de Deus de modo submisso. ... Seguindo seu próprio caminho e sua própria vontade, encontrará espinhos e cardos." -- Carta 4, 1901. ME2 484 1 Conquanto essas quatro mensagens de conselho fossem escritas num tempo especial, para enfrentar situações em determinada área geográfica, não podem servir para alertar os que pensam em casamento, advertindo-os de circunstâncias e fatores que poderiam ser um risco para a união e transmitir aos filhos uma herança de que alguns venham a ressentir-se? ME2 484 2 Esses conselhos encontram-se entre os que são dados ao crente, tratando de uma experiência significativa e de longo alcance na vida, e apresentam um procedimento menos repleto de fatores que podem conduzir à angústias, e prejudicar ou destruir a união. Segundo diz Ellen White, "Jesus deseja ver casamentos felizes, felizes lares". ME2 484 3 As reiteradas declarações feitas por Ellen G. White, oralmente ou em seus escritos, tornam claro que a questão não é desigualdade de raça. Ela sempre manteve que há uma íntima irmandade do gênero humano, e que nos registros do Céu o nome do indivíduo de uma raça se encontra ao lado do nome da pessoa de outra raça. Leia atentamente o Apêndice que segue, intitulado: "A Irmandade do Gênero Humano." -- Depositários White ME2 484 4 Patrimônio Literário de Ellen G. White, Washington, D.C., Agosto de 1967 ------------------------Apêndice 3 -- A irmandade do gênero humano Cristo não conhecia distinção ME2 485 1 Cristo não conhecia distinção de nacionalidade, posição ou credo. ... Cristo veio derrubar todo muro de separação. Veio mostrar que Seu dom de misericórdia e amor é tão ilimitado como o ar, a luz ou a chuva que refrigera a Terra. ME2 485 2 A vida de Cristo estabeleceu uma religião em que não há castas, a religião em que judeus e gentios, livres e servos são ligados numa fraternidade comum, iguais perante Deus. Nenhuma questão política Lhe influenciava a maneira de agir. Não fazia diferença alguma entre vizinhos e estranhos, amigos e inimigos. O que tocava Seu coração era uma alma sedenta pelas águas da vida. ... ME2 485 3 Procurava inspirar esperança aos mais rudes e menos promissores, prometendo-lhes a certeza de que haveriam de tornar-se irrepreensíveis e inocentes, alcançando um caráter que manifestaria serem filhos de Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 25, 26. Uma irmandade ME2 485 4 Cristo veio à Terra com uma mensagem de misericórdia e perdão. Lançou o fundamento de uma religião pela qual judeus e gentios, pretos e brancos, livres e escravos, são ligados numa irmandade comum, reconhecidos como iguais à vista de Deus. O Salvador tem ilimitado amor por todo ser humano. Em cada um Ele vê possibilidades de aperfeiçoamento. Com divina energia e esperança, saúda aqueles pelos quais deu a vida. Em Sua força eles podem levar uma vida repleta de boas obras e cheia do poder do Espírito. -- Testimonies for the Church 7:225. Uma família pela criação e redenção ME2 486 1 "Deus não reconhece distinção alguma de nacionalidade, raça ou casta. É o Criador de todo homem. Todos os homens são de uma família pela criação, e todos são um pela redenção. Cristo veio para demolir toda parede de separação e abrir todos os compartimentos do templo a fim de que toda alma possa ter livre acesso a Deus. ... Em Cristo não há nem judeu nem grego, servo nem livre. Todos são aproximados por Seu precioso sangue. -- Parábolas de Jesus, 386. ME2 486 2 O Senhor tem olhado com tristeza para a mais deplorável de todas as cenas: a raça negra em escravidão. Ele deseja que nós, em nosso trabalho por eles, nos lembremos de seu livramento providencial da escravidão, de sua relação comum conosco pela criação e pela redenção, e de seu direito às bênçãos da liberdade. -- Testimonies for the Church 7:223. Nenhuma casta ou cor na religião bíblica ME2 486 3 A religião da Bíblia não reconhece casta ou cor. Desconhece posição, riqueza, honra mundana. Deus avalia os homens como homens. Para Ele, o caráter decide o seu valor. E devemos reconhecer o Espírito de Cristo em todo aquele em quem Ele é revelado. -- Idem, 9:223. ME2 486 4 Assim buscou Cristo ensinar aos discípulos a verdade de que no reino de Deus não há fronteiras territoriais, nem castas, nem aristocracia; que eles deviam ir a todas as nações, levando-lhes a mensagem do amor do Salvador. -- Atos dos Apóstolos, 20. O amor imparcial desfaz o preconceito ME2 486 5 As paredes do sectarismo, da casta e da raça cairão quando o verdadeiro espírito missionário penetrar no coração dos homens. O preconceito é dissipado pelo amor de Deus. -- The Review and Herald, 21 de Janeiro de 1896; The Southern Work, 55 (1966). ME2 486 6 Paredes de separação têm sido erigidas entre os brancos e os negros. Essas paredes de preconceito desmoronarão por si mesmas, como aconteceu com os muros de Jericó, quando os cristãos obedecerem à palavra de Deus, a qual lhes prescreve supremo amor a seu Criador e amor imparcial a seu próximo. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1895; Reeditado em The Southern Work, 43 (1966). ME2 487 1 Quando for derramado o Espírito Santo, haverá um triunfo da humanidade sobre o preconceito em buscar a salvação das almas de seres humanos. Deus dominará as mentes. Os corações humanos amarão como Cristo amou. E a barreira da cor será considerada por muitos de maneira bem diferente daquela em que é considerada agora. Amar como Cristo ama eleva a mente a uma atmosfera pura, celestial e altruísta. -- Testimonies for the Church 9:209. Aproximar-se de Deus como uma irmandade ME2 487 2 Quando o Espírito de Deus atua sobre mentes humanas, todas as mesquinhas queixas e acusações entre o homem e seus semelhantes são eliminadas. Os brilhantes raios do Sol da Justiça incidirão nos recessos da mente e do coração. Em nosso culto a Deus não haverá distinção entre ricos e pobres, brancos e pretos. Todo preconceito será dissipado. Quando nos aproximarmos de Deus, isto será como uma irmandade. Somos peregrinos e estrangeiros em viagem para uma pátria superior, isto é, celestial. Ali todo orgulho, toda acusação, todo engano pessoal terminarão para sempre. Toda máscara será posta de lado, e "havemos de vê-Lo como Ele é". Ali os nossos cânticos captarão o tema inspirador, e louvor e ações de graça ascenderão a Deus. -- The Review and Herald, 24 de Outubro de 1899, p. 677. Trechos do apelo de 20 de março de 1891 ME2 487 3 O Senhor Jesus veio ao nosso mundo para salvar homens e mulheres de todas as nacionalidades. Ele morreu tanto pelas pessoas de cor como pelas pessoas de raça branca. Jesus veio lançar luz sobre todo o mundo. No começo de Seu ministério Ele anunciou sua missão: "O Espírito do Senhor está sobre Mim, pelo que Me ungiu para evangelizar aos pobres; enviou-Me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor." ... ME2 487 4 "Quem -- pergunta Paulo -- é que te faz sobressair?" O Deus do homem branco é o Deus do homem de cor, e o Senhor declara que Seu amor pelo menor de Seus filhos excede o da mãe pelo seu filho amado. ... ME2 487 5 O olhar do Senhor está sobre todas as Suas criaturas; Ele as ama, e não faz diferença entre brancos e pretos, exceto que tem especial e terna piedade dos que são chamados a levar um fardo maior do que os outros. Os que amam a Deus e crêem em Cristo como seu Redentor, embora tenham de enfrentar as provações e dificuldades que há em seu caminho, deviam com espírito animoso aceitar sua vida assim como é, considerando que Deus lá no alto atenta para essas coisas, e Ele mesmo os compensará com o melhor dos favores por tudo que o mundo deixa de conceder. ... ME2 488 1 Quando o pecador se converte, ele recebe o Espírito Santo, o qual faz dele um filho de Deus, e o habilita para a sociedade dos remidos e da hoste angélica. Ele torna-se co-herdeiro de Cristo. Todos aqueles dentre a família humana que se entregam a Cristo, todos aqueles que ouvem a verdade e lhe obedecem, tornam-se filhos de uma só família. O ignorante e o sábio, o rico e o pobre, o gentio e o escravo, brancos ou negros -- Jesus pagou o resgate de sua alma. Se crerem nEle, é-lhes aplicado o Seu sangue purificador. O nome do homem de cor é escrito no livro da vida ao lado do nome do homem branco. Todos são um em Cristo. A origem, a posição, a nacionalidade ou a cor não podem elevar ou degradar os homens. O caráter faz o homem. Se uma pessoa de pele vermelha, um chinês ou um africano entregar o coração a Deus, em obediência e fé, Jesus não o amará menos devido a sua cor. Considera-o Seu irmão amado. ... ME2 488 2 Os homens poderão ter preconceitos hereditários e cultivados, mas quando o amor de Jesus inunda o coração, e eles tornam-se um com Cristo, terão o mesmo espírito que Ele tinha. Se um irmão de cor sentar-se ao seu lado, não ficarão ofendidos nem o desprezarão. Estão viajando para o mesmo Céu, e sentar-se-ão à mesma mesa para comer pão no reino de Deus. Se Jesus habita em nosso coração, não podemos desprezar o homem de cor em cujo coração habita o mesmo Salvador. -- Manuscrito 6, 1891. Publicado em The Southern Work, 9-14 (1966). ------------------------Mensagens Escolhidas 3 ME3 9 1 Uma palavra ao leitor ME3 15 1 Capítulo 1 -- Que é a igreja? ME3 20 1 Capítulo 2 -- Unidade na igreja ME3 23 1 Capítulo 3 -- Ação independente ME3 29 1 Capítulo 4 -- A primazia da palavra ME3 34 1 Capítulo 5 -- Experiências ao receber as visões ME3 40 1 Capítulo 6 -- Vislumbres de como a luz veio a Ellen White ME3 48 1 Capítulo 7 -- Apresentando a mensagem revelada divinamente ME3 62 1 Capítulo 8 -- A questão da influência ME3 68 1 Capítulo 9 -- Definindo o critério da irmã White e a palavra do Senhor ME3 71 1 Capítulo 10 -- Quanto a ser uma mensageira inspirada ME3 78 1 Capítulo 11 -- A recepção das mensagens ME3 89 1 Capítulo 12 -- Auxiliares literários no trabalho de Ellen G. White ME3 94 1 Capítulo 13 -- Os testemunhos para a igreja ME3 99 1 Capítulo 14 -- Passos iniciais para escrever e publicar a história do grande conflito ME3 103 1 Capítulo 15 -- Um relato sucessivo da experiência de Ellen G. White ao escrever sobre a vida de Cristo, em 1876 ME3 109 1 Capítulo 16 -- Ampliando a apresentação do grande conflito ME3 115 1 Capítulo 17 -- A experiência de Ellen G. White ao preparar O Desejado de Todas as Nações ME3 121 1 Capítulo 18 -- Observações enquanto lidava com os livros da série do conflito ME3 127 1 Capítulo 19 -- A encarnação ME3 145 1 Capítulo 20 -- Princípios da maneira como foram expostos por Ellen G. White no começo de seu ministério ME3 156 1 Capítulo 21 -- Ellen G. White dá informações sobre a assembléia de Mineápolis ME3 190 1 Capítulo 22 -- Ênfase sobre o assunto da salvação -- 1890-1908 ME3 209 1 Capítulo 23 -- Apelo para uma escola de igreja ME3 214 1 Capítulo 24 -- Conselho a respeito da idade para entrar na escola ME3 227 1 Capítulo 25 -- Princípios orientadores em geral ME3 231 1 Capítulo 26 -- Freqüentando colégios e universidades do país ME3 237 1 Capítulo 27 -- A virtude da cortesia ME3 241 1 Capítulo 28 -- Vestuário e adorno ME3 256 1 Capítulo 29 -- O Sábado: princípios orientadores na observância do sábado ME3 266 1 Capítulo 30 -- A conveniência de variar as atitudes na oração ME3 273 1 Capítulo 31 -- Visões que logo requereram reformas ME3 276 1 Capítulo 32 -- A visão da reforma pró-saúde em 1863 ME3 283 1 Capítulo 33 -- O uso apropriado dos testemunhos sobre a reforma pró-saúde ME3 289 1 Capítulo 34 -- Riscos físicos e espirituais de condescender com o apetite ME3 293 1 Capítulo 35 -- Ensinando a reforma pró-saúde na família ME3 295 1 Capítulo 36 -- A irmã White e a oração pelos doentes ME3 299 1 Capítulo 37 -- Os Adventistas do Sétimo Dia e as ações judiciais ME3 306 1 Capítulo 38 -- Ciência e revelação ME3 313 1 Capítulo 39 -- Perguntas a respeito dos salvos ME3 317 1 Capítulo 40 -- A questão da linha internacional de datas ME3 320 1 Capítulo 41 -- E apropriado ter monumentos comemorativos? ME3 322 1 Capítulo 42 -- Alugar nossas igrejas para outras denominações ME3 324 1 Capítulo 43 -- Sentimentos de desânimo ME3 328 1 Capítulo 44 -- Luz específica sobre fruticultura ME3 330 1 Capítulo 45 -- Conselho equilibrado sobre tirar retratos e idolatria ME3 332 1 Capítulo 46 -- Música e o diretor de música ME3 336 1 Capítulo 47 -- Trabalhar no espírito de oração ME3 338 1 Capítulo 48 -- Os profetas da Bíblia escreveram para o nosso tempo ME3 340 1 Capítulo 49 -- Todos podem ter o dom de profecia? ME3 342 1 Capítulo 50 -- Depreciando os pioneiros ME3 348 1 Capítulo 51 -- Ataques a Ellen White e sua obra ME3 353 1 Capítulo 52 -- Impecabilidade e salvação ME3 358 1 Capítulo 53 -- Estudai os testemunhos ME3 363 1 Capítulo 54 -- O caso Mackin ME3 383 1 Capítulo 55 -- Lições da maneira como foi enfrentada a crise da lei dominical no fim da década de 1880 e no começo da década de 1890 ME3 403 1 Capítulo 56 -- Ao nos aproximarmos do fim ME3 413 1 Capítulo 57 -- A última grande luta ME3 433 0 Apêndice A -- O grande conflito -- edição de 1911 ME3 445 0 Apêndice B ME3 451 0 Apêndice C ------------------------Uma palavra ao leitor ME3 9 1 A publicação em 1958 de Mensagens Escolhidas, livros 1 e 2, em inglês, proveu a oportunidade de transmitir à Igreja conselhos que se tornaram deveras significativos desde que Ellen G. White publicou Testimonies, volume 9, no ano 1909. O conteúdo dos livros 1 e 2 abrangia matérias que apareceram em artigos na Review and Herald, The Youth's Instructor e Signs of the Times, em opúsculos esgotados e em manuscritos e cartas de E. G. White. Estes foram reproduzidos na íntegra ou em parte, segundo a relevância de sua contribuição para determinado setor de conselho. Tais assuntos como a inspiração, a natureza de Cristo e a justiça pela fé foram complementados por uma porção de conselhos variados e gerais que, com o passar do tempo, se tornaram muito apropriados, como sobre o fanatismo, movimentos subversivos e o uso de agentes medicinais. Esses volumes passaram a ser importantes fontes complementares dos Testemunhos e de livros de conselhos especializados. ME3 9 2 Durante as duas últimas décadas, os artigos de Ellen G. White na Review and Herald e Signs of the Times foram reimpressos em fac-símile, provendo assim uma profusão de valiosos materiais que até então não eram disponíveis de modo geral. Nessas duas décadas, pesquisas rotineiras nos arquivos de manuscritos e cartas de Ellen G. White trouxeram à tona alguns materiais extraordinariamente úteis. Alguns deles foram publicados como artigos na Adventist Review, ao passo que outros passaram a fazer parte de documentos de estudo coligidos para comissões que investigam certas doutrinas ou questões que envolvem o plano de ação da Igreja. ME3 10 1 Pesquisas efetuadas por alunos graduados chamaram a atenção para diversas declarações primorosas, das fontes dos manuscritos de E. G. White, que pareciam fazer maior e mais ampla contribuição do que aquilo que já estava impresso. Minucioso exame do material atinente aos acontecimentos dos últimos dias também contribuiu para melhor compreensão de certos aspectos desse assunto, que será muito estimado pelos adventistas do sétimo dia. Intensificada preocupação, em anos recentes, com a questão da inspiração e o interesse na maneira como foram preparados os livros de Ellen G. White conduziram à junção de declarações apropriadas, algumas das quais são novas, e outras, familiares. ME3 10 2 São essas fontes combinadas de conselhos inspirados que proveram os materiais para Mensagens Escolhidas, livro 3. A confecção de tais livros está em harmonia com a expectativa de Ellen G. White, de que no decorrer dos anos posteriores a sua morte, seus recursos literários, publicados e não publicados, fornecessem materiais que suprissem as necessidades da Igreja em crescimento. Até 1938 esses materiais foram abrigados na caixa forte de manuscritos ligada ao escritório Elmshaven, junto a seu lar na Califórnia. Depois desse tempo eles têm sido guardados na caixa forte do Patrimônio Literário White, na sede da Associação Geral, em Washington, D.C. O desejo de Ellen G. White era que seus manuscritos e cartas de conselho provessem um dilatado âmbito de serviço para a Igreja. Eis o que ela escreveu a esse respeito em 1905: ME3 10 3 "Estou procurando, com a ajuda de Deus, escrever cartas que sejam um auxílio, não somente àqueles a quem são dirigidas, mas também a muitos outros que necessitam delas." -- Carta 79, 1905. ME3 10 4 Os originais para este volume foram compilados sob a autorização e os auspícios da Comissão de Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, nos escritórios dessa entidade, em Washington, D.C., pelo pessoal empregado regularmente. ME3 11 1 O leitor notará que há uma diferença no formato duma seção para a outra, e, às vezes, dentro das seções. Em cada caso adotou-se o formato que melhor apresentasse o material. Este procedimento é análogo ao que foi seguido nos dois primeiros volumes desta série. A fonte de cada item é mencionada no fim da seleção. Na maioria dos casos isto abrange a data da escrita ou da primeira publicação. ME3 11 2 Os membros do quadro de auxiliares que preparou esta compilação procuraram, sempre que possível, incluir materiais dos documentos citados que proporcionassem ao leitor um contexto adequado. Há algumas declarações para as quais seria desejável que houvesse uma configuração mais ampla, mas o contexto original não contém nada mais que seja relevante ou que seria útil acrescentar. Este é um aspecto dos escritos de Ellen G. White que é bem conhecido pelos Depositários e pelo quadro de auxiliares do Patrimônio Literário White. A verdade, no entanto, é verdade, e em muitos casos ela tem de permanecer isolada, sem um contexto corroborante. ME3 11 3 Numa vintena de casos, ou mais, os trechos escolhidos continham no texto original o nome do indivíduo envolvido. Nalguns casos em que não seria traída a confiança, o nome foi retido no texto. Na maioria dos casos, empregaram-se iniciais em lugar de nomes, a começar com a letra A no primeiro caso e passando consecutivamente para quase todas as letras do alfabeto. Não há relação alguma entre a inicial usada e o nome do indivíduo envolvido. ME3 11 4 Oxalá este volume, apresentando, como de fato o faz, importantes informações e conselhos em muitos setores, seja uma fonte de especial utilidade, bênção e estímulo à Igreja, é o sincero anelo da Comissão de Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Que é a igreja? ME3 15 1 A influência de Cristo tem de ser sentida em nosso mundo por intermédio de Seus filhos crentes. Quem é convertido deve exercer a mesma espécie de influência que pela instrumentalidade de Deus redundou em sua conversão. Toda a nossa obra neste mundo deve ser efetuada em harmonia, amor e unidade. Sempre devemos manter o exemplo de Cristo diante de nós, andando em Suas pegadas. ME3 15 2 União é força, e o Senhor deseja que esta verdade seja sempre revelada em todos os membros do corpo de Cristo. Todos devem ser unidos em amor, em mansidão, em humildade de espírito. Organizados numa sociedade de crentes, com a finalidade de combinarem e difundirem sua influência, compete-lhes trabalhar como Cristo trabalhou. Sempre devem manifestar cortesia e respeito de uns para com os outros. Todo talento tem o seu lugar, e deve ser mantido sob o domínio do Espírito Santo. ME3 15 3 Uma sociedade cristã formada para seus membros -- A Igreja é uma sociedade cristã formada para os membros que a compõem, para que cada membro desfrute a ajuda de todas as virtudes e talentos dos outros membros e a atuação de Deus sobre eles, de acordo com seus diversos dons e capacidades. A Igreja é unida nos sagrados vínculos da comunhão, a fim de que cada membro tire proveito da influência do outro. Todos devem ater-se ao concerto de amor e harmonia. Os princípios e as virtudes cristãs de toda a sociedade de crentes devem produzir firmeza e força em ação harmoniosa. Todo crente deve tirar proveito e prevalecer-se da influência refinadora e transformadora das variegadas capacidades dos outros membros, para que aquilo que falta num deles seja manifestado mais abundantemente em outro. Todos os membros devem avançar juntos, para que a Igreja se torne um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. ME3 16 1 O convênio na filiação da Igreja é que cada membro siga as pegadas de Cristo, que todos tomem sobre si o Seu jugo e aprendam dAquele que é manso e humilde de coração. Fazendo isso, "achareis descanso para as vossas almas -- disse o querido Salvador. -- Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve". Mateus 11:29, 30. ME3 16 2 Os que levam o jugo de Cristo avançarão juntos. Cultivarão simpatia e clemência, e, com santa emulação, procurarão mostrar aos outros a terna simpatia e amor de que eles mesmos sentem tão grande necessidade. Quem é fraco e inexperiente, embora seja débil, pode ser fortalecido pelos mais esperançosos e pelos de experiência amadurecida. Conquanto seja o menor de todos, ele é uma pedra que deve brilhar no edifício. É um membro vital do corpo organizado, unido a Cristo, a cabeça viva, e, por Seu intermédio, identificado com todas as excelências do caráter de Cristo, de modo que o Salvador não Se envergonhe de lhe chamar irmão. ME3 16 3 Utilidade aumentada pelos vínculos da igreja -- Por que os crentes constituem uma Igreja? Porque deste modo Cristo quer aumentar sua utilidade no mundo e fortalecer sua influência pessoal para o bem. Na Igreja deve ser mantida uma disciplina que proteja os direitos de todos e aumente o senso da dependência mútua. Deus nunca tencionou que a mente e o critério de um homem fossem um poder controlador. Ele nunca tencionou que um homem governasse, planejasse e ideasse sem a cuidadosa e devota consideração de todo o corpo, a fim de que todos possam agir de maneira sensata, esmerada e harmoniosa. ME3 17 1 Os crentes devem brilhar como luzeiros no mundo. Uma cidade edificada sobre um monte não pode ser ocultada. Uma igreja, separada e distinta do mundo, é, na opinião do Céu, o que há de mais valioso em toda a Terra. Os membros se comprometem a separar-se do mundo, dedicando seu serviço a um só Mestre, Jesus Cristo. Eles devem revelar que escolheram a Cristo como seu dirigente. ... A Igreja deve ser o que Deus tencionava que ela fosse, um representante da família de Deus em outro mundo. -- Carta 26, 1900. Deus tem um corpo organizado ME3 17 2 Acautelai-vos dos que se apresentam com o grande encargo de denunciar a Igreja. Os escolhidos que se colocam em pé e enfrentam a tempestade da oposição do mundo, e que estão erguendo os espezinhados mandamentos de Deus para exaltá-los como santos e honrosos, são realmente a luz do mundo. ... ME3 17 3 Digo-vos, meus irmãos, que o Senhor tem um corpo organizado por cujo intermédio Ele irá operar. Poderá haver mais de uma vintena de Judas entre eles, poderá haver um Pedro impetuoso que em circunstâncias aflitivas negue a seu Senhor. Poderá haver pessoas representadas por João, a quem Jesus amava; talvez ele tenha, porém, um zelo que destruiria a vida dos homens mandando descer fogo do céu sobre eles para punir um insulto a Cristo e à verdade. Mas o grande Mestre procura dar lições instrutivas para corrigir esses males existentes. Ele está fazendo hoje a mesma coisa com Sua Igreja. Está indicando os seus perigos. Está-lhes apresentando a mensagem laodiceana. ME3 17 4 Ele lhes mostra que todo egoísmo, todo orgulho, toda exaltação-própria, toda descrença e preconceito, que conduzem à resistência contra a verdade e afastam da luz verdadeira, são perigosos e, a menos que se arrependam [desses pecados], os que acalentam essas coisas serão deixados em trevas, como sucedeu com a nação judaica. Procure toda alma responder agora à oração de Cristo. Que toda alma ecoe essa oração em espírito, em petições, em exortações, para que todos eles sejam um, assim como Cristo é um com o Pai, e labutem com essa finalidade. ME3 18 1 Em vez de assestar as armas da peleja contra as nossas próprias fileiras, sejam elas dirigidas contra os inimigos de Deus e da verdade. Ecoai a oração de Cristo de todo o vosso coração: "Pai santo, guarda-os em Teu nome, que Me deste, para que eles sejam um, assim como Nós." João 17:11. ... ME3 18 2 Que foi visionado pela oração de Cristo -- A oração de Cristo não é somente pelos que agora são Seus discípulos, mas por todos os que irão crer em Cristo por meio das palavras de Seus discípulos, até o fim do mundo. Jesus estava prestes a depor Sua vida, a fim de trazer à luz a vida e a imortalidade. Cristo, em meio de Seus sofrimentos e sendo diariamente rejeitado pelos homens, olha através de dois mil anos para Sua Igreja que estaria em existência nos últimos dias, antes do fim da história da Terra. ME3 18 3 O Senhor tem tido uma Igreja desde aquela época, durante todas as transformações operadas pelo tempo, até o período presente, 1893. A Bíblia nos apresenta uma igreja-modelo. Seus componentes devem estar em união uns com os outros e com Deus. Quando os crentes são unidos a Cristo, a Videira que Vive, o resultado é serem um com Cristo, cheios de simpatia, ternura e amor. ME3 18 4 Os que acusam a igreja -- Quando alguém se afasta do corpo organizado do povo que observa os mandamentos de Deus, quando começa a pesar a Igreja em suas balanças humanas e a acusá-la, podeis saber que Deus não o está dirigindo. Ele se encontra no caminho errado. ME3 18 5 Constantemente surgem homens e mulheres que se tornam inquietos e desassossegados, querendo estabelecer um novo sistema e realizar alguma coisa estupenda. Satanás está à espera de uma oportunidade para dar-lhes algo que fazer em sua especialidade. Deus deu a cada um a sua obra. ME3 19 1 Restaurar, não demolir -- Há oportunidades e privilégios na Igreja para ajudar os que estão morrendo e para infundir zelo à Igreja, mas não para dilacerá-la. Há abundantes oportunidades na Igreja para andar segundo as normas de Cristo. Se o coração está cheio de zelo para avançar em direção a mais profunda santificação e santidade, labutai então nesse sentido com toda a humildade e dedicação. A Igreja necessita do frescor e da inspiração de homens que respiram na própria atmosfera do Céu, a fim de vitalizar a Igreja, embora o joio se encontre no meio do trigo. ... ME3 19 2 Quisera advertir a todos os crentes que aprendam a manter piedosa vigilância sobre si mesmos, para que Satanás não lhes afaste o coração de Deus e passem inconscientemente a trabalhar segundo o método de Satanás, sem perceber que mudaram de dirigentes, e se encontrem sob o insidioso poder de um tirano. ME3 19 3 Como uma Igreja, devemos estar bem despertos e labutar pelos que erram entre nós, como cooperadores de Deus. São-nos fornecidas armas espirituais, poderosas para destruir a fortaleza do inimigo. Não devemos arremessar os raios contra a militante Igreja de Cristo, pois Satanás está fazendo tudo que pode nesse sentido, e seria melhor que vós que pretendeis ser o remanescente do povo de Deus não fôsseis encontrados ajudando-o, denunciando, acusando e condenando. Procurai restaurar, não demolir, desalentar e destruir. -- Manuscrito 21, 1893. Publicado na The Review and Herald, 8 de Novembro de 1956. ------------------------Capítulo 2 -- Unidade na igreja Apresentai uma frente unida ME3 20 1 O testemunho de todo crente na verdade deve ser como se fosse um só. Todas as vossas pequenas divergências, que suscitam o espírito combativo entre os irmãos, são ardis de Satanás para desviar as mentes da grande e terrível questão que está diante de nós. A verdadeira paz advirá entre o povo de Deus quando mediante zelo unido e fervorosa oração for perturbada a falsa paz que existe em grande medida. Agora há diligente trabalho a ser feito. Agora é o tempo de manifestardes vossas qualidades soldadescas; apresente o povo do Senhor uma frente unida aos inimigos de Deus, da verdade e da justiça. ... ME3 20 2 Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja primitiva, "da multidão dos que creram era um o coração e a alma". Atos 4:32. O Espírito de Cristo tornou-os um. Este é o fruto de permanecer em Cristo. ... ME3 20 3 Temos necessidade de iluminação divina. Todo indivíduo está procurando tornar-se um centro de influência, e enquanto Deus não trabalhar por Seu povo, eles não verão que a subordinação a Deus é a única segurança para toda alma. Sua graça transformadora em corações humanos conduzirá a uma unidade que ainda não foi compreendida, pois todos os que são assemelhados a Cristo estarão em harmonia uns com os outros. O Espírito Santo produzirá unidade. -- Carta 25b, 1892. Unidade, nosso credo ME3 21 1 A oração de Cristo a Seu Pai, contida no capítulo dezessete de S. João, deve ser o credo de nossa Igreja. Ela nos revela que nossa desavença e desunião estão desonrando a Deus. Lede todo o capítulo, verso após verso. -- Manuscrito 12, 1899. Não agir independentemente ME3 21 2 Nenhum conselho ou sanção é dado na Palavra de Deus para que os que crêem na mensagem do terceiro anjo sejam levados a supor que podem agir independentemente. Podeis assentar isso para sempre em vossa mente. São as maquinações de espíritos não santificados que tendem a promover um estado de desunião. Os sofismas de homens podem parecer corretos a seus próprios olhos, mas não são verdade e justiça. "Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio,... reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz." Efésios 2:14-16. ME3 21 3 Cristo é o elo de ligação na áurea corrente que vincula os crentes em Deus. Não deve haver separações neste grande tempo de prova. Os componentes do povo de Deus são "concidadãos dos santos, e... da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor". vs. 19-21. Os filhos de Deus constituem um conjunto unido em Cristo, o qual apresenta Sua cruz como o centro de atração. Todos os que crêem são um nEle. ME3 21 4 Sentimentos humanos levarão os homens a tomar a obra em suas próprias mãos, e assim o edifício se torna desproporcionado. O Senhor emprega, portanto, uma variedade de dons para fazer que o edifício seja simétrico. Nenhum aspecto da verdade deve ser ocultado ou receber pouca consideração. Deus só pode ser glorificado se o edifício, "bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor". É abrangido aqui um grande assunto, e os que compreendem a verdade para este tempo devem atentar para a maneira como ouvem, e como edificam e educam outros para pô-la em prática. -- Manuscrito 109, 1899. O que é ratificado pelo céu ME3 22 1 "Em verdade vos digo que tudo que ligardes na Terra, terá sido ligado no Céu, e tudo que desligardes na Terra, terá sido desligado no Céu." Mateus 18:18. Quando toda especificação dada por Cristo é cumprida no verdadeiro espírito cristão, então, e unicamente então, o Céu ratifica a decisão da igreja, porque seus membros têm a mente de Cristo e procedem da maneira como Ele procederia se estivesse na Terra. -- Carta 1c, 1890. ------------------------Capítulo 3 -- Ação independente Afastando-se da fé ME3 23 1 Deus está ensinando, dirigindo e guiando Seu povo, para que possam ensinar, dirigir e guiar a outros. Haverá, entre o remanescente destes últimos dias, como sucedeu com o antigo Israel, os que querem agir independentemente, que não estão dispostos a submeter-se aos ensinos do Espírito de Deus e que não atenderão a advertências ou conselhos. Tenham essas pessoas sempre em mente que Deus possui uma Igreja sobre a Terra, à qual Ele delegou poder. Os homens quererão seguir seu próprio critério independente, desprezando conselhos e repreensões; mas, com tanta certeza como fazem isso, eles se afastarão da fé, e seguir-se-á a desgraça e a ruína de almas. Os que se arregimentam agora para apoiar e enaltecer a verdade de Deus, estão se alinhando de um lado, permanecendo unidos de coração, espírito e voz em defesa da verdade. -- Carta 104, 1894. Força proveniente da ação em conjunto ME3 23 2 O Senhor deseja que todos os que desempenham uma parte em Sua obra dêem testemunho em sua vida do santo caráter da verdade. O fim está próximo, e agora é o tempo em que Satanás fará esforços especiais para desviar o interesse e separá-lo dos importantíssimos assuntos que devem chamar a atenção de todas as mentes para a ação concentrada. ME3 24 1 Um exército não pode ser bem-sucedido em coisa alguma se as suas diversas partes não agirem harmoniosamente. Se cada soldado atuasse independentemente dos outros, o exército logo ficaria desorganizado. Em vez de obter força da ação concentrada, ele se dissiparia em esforços desconexos e inexpressivos. Cristo orou para que Seus discípulos fossem um com Ele, assim como Ele era um com o Pai. ... ME3 24 2 Sejam quais forem as boas qualidades de um homem, ele não poderá ser um bom soldado se agir independentemente. De vez em quando talvez seja realizado algum bem; mas, com frequência, o resultado é de pouco valor, e muitas vezes o fim revela que foi causado mais dano do que bem. Os que agem independentemente dão a impressão de realizar alguma coisa, atraem a atenção e fulguram intensamente, e então desaparecem. Todos precisam puxar numa só direção, a fim de prestar eficiente serviço para a Causa. ... ME3 24 3 Deus requer ação conjunta de Seus soldados, e para haver isto na igreja é essencial o domínio-próprio; deve-se praticar o domínio-próprio. -- Carta 11a, 1886. Trocar idéias -- Comparar planos ME3 24 4 Em todo esforço em cada lugar no qual é apresentada a verdade há necessidade de opiniões diferentes, de dons diferentes, e que sejam conjugados diversos planos e métodos de trabalho. Todos devem fazer questão de aconselhar-se uns com os outros e de orar juntos. Cristo disse: "Se dois dentre vós, sobre a Terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por Meu Pai que está nos Céus." Mateus 18:19. Nenhum obreiro possui toda a sabedoria que é necessária. Deve haver uma comparação de planos e troca de idéias. Nenhum homem deve considerar-se competente para dirigir um empreendimento, em qualquer lugar, sem auxiliares. ME3 24 5 Um homem pode ter tato num sentido, mas ser um fracasso completo nalguns pontos essenciais. Isto faz com que sua obra seja imperfeita. Ele necessita que o tato da mente e os dons de outro homem sejam unidos aos seus esforços. Todos devem estar em perfeita harmonia no trabalho. Se podem trabalhar só com os que vêem as coisas exatamente como eles e seguem precisamente os seus planos, serão então um fracasso. O trabalho será deficiente porque nenhum desses obreiros aprendeu as lições na escola de Cristo que os habilitam a tornar todo homem completo em Cristo Jesus. Todos devem estar melhorando constantemente. Devem aproveitar toda oportunidade e tirar o máximo proveito de todo privilégio, até se tornarem mais habilitados para sua grande e solene obra. ME3 25 1 Deus colocou, porém, na Igreja diversos dons. Todos eles são preciosos em seu devido lugar, e todos devem desempenhar uma parte no aperfeiçoamento dos santos. ME3 25 2 Esta é a ordem de Deus, e os homens devem labutar de acordo com os Seus preceitos e providências se quiserem ter êxito. Deus só aceita os esforços que são efetuados de bom grado e com coração humilde, sem o traço de suscetibilidades pessoais ou egoísmo. -- Carta 66, 1886. Praticado nos primeiros tempos ME3 25 3 Quando a Causa era mais nova, meu marido costumava aconselhar-se com homens que tinham bom senso. Então a obra era muito menor do que é agora, mas ele não se julgava capaz de dirigi-la sozinho. Escolhia conselheiros dentre os que se achavam revestidos de responsabilidade em todas as partes da obra. E depois de se aconselharem uns com os outros, esses homens retornavam a seu trabalho sentindo ainda maior responsabilidade de levar avante a obra de maneira correta, de elevar, purificar e solidificar, para que a Causa de Deus pudesse avançar vigorosamente. -- Manuscrito 43, 1901. Independência -- Uma ilusão de Satanás ME3 25 4 É uma ilusão do inimigo alguém achar que pode desligar-se das instrumentalidades designadas por Deus e trabalhar de um modo independente ideado por ele mesmo, em sua própria e pretensa sabedoria, e ainda ser bem-sucedido. Embora suponha estar realizando a obra de Deus, não prosperará até o fim. Somos um só corpo, e todo membro deve estar ligado ao corpo, devendo cada pessoa trabalhar em sua respectiva capacidade. -- Carta 104, 1894. ME3 26 1 Não é bom sinal quando os homens não querem unir-se com seus irmãos, mas preferem agir sozinhos; quando não querem receber a seus irmãos porque estes não concordam exatamente com a sua opinião. Se os homens querem levar o jugo de Cristo, eles não podem agir independentemente. Tomarão o jugo de Cristo e puxarão junto com Ele. -- Manuscrito 56, 1898. ME3 26 2 À medida que nos aproximamos da crise final, em vez de achar que há menos necessidade de ordem e harmonia de ação, devemos ser mais sistemáticos do que temos sido até agora. Toda a nossa obra deve ser dirigida de acordo com planos bem definidos. ME3 26 3 Estou recebendo luz do Senhor de que neste tempo deve haver mais sábia direção do que em qualquer outro período de nossa história. -- Carta 27a, 1892. A organização integral é essencial ME3 26 4 Oh, como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo, e desorganizar a obra num tempo em que a organização integral é essencial, e constitui a maior força para evitar os levantes espúrios, e refutar pretensões não abonadas pela Palavra de Deus! Precisamos manter as linhas uniformemente, para que não haja quebra do sistema de organização e ordem, que se ergueu por meio de sábio, cuidadoso labor. Não se deve dar autonomia a elementos desordeiros que desejem controlar a obra neste tempo. ME3 26 5 Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas a leis, cada uma influenciando a outra para fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se. 30 de Maio de 1909. -- Testimonies for the Church 9:257, 258. ------------------------Capítulo 4 -- A primazia da palavra ME3 29 1 A relação dos escritos de E. G. White para com a Bíblia reconhecida no primeiro livro -- Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios. -- A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White, 64 (1851). Reimpresso em Primeiros Escritos, 78. ME3 29 2 Não para tomar o lugar da palavra -- O Senhor deseja que estudeis a Bíblia. Ele não deu alguma luz adicional para tomar o lugar de Sua Palavra. Esta luz deve conduzir as mentes confusas a Sua Palavra, a qual, se for comida e assimilada, é como o sangue que dá vida à alma. Então serão vistas boas obras como luz brilhando nas trevas. -- Carta 130, 1901. ME3 29 3 Obtende provas da Bíblia -- No trabalho público não torneis proeminente nem citeis o que a Irmã White tem escrito, como autoridade para apoiar vossas posições. Fazer isto não aumentará a fé nos testemunhos. Apresentai vossas provas, claras e simples, da Palavra de Deus. Um "Assim diz o Senhor" é o mais forte testemunho que podeis apresentar ao povo. Que ninguém seja instruído a olhar para a Irmã White, e, sim, ao poderoso Deus, que dá instruções à Irmã White. -- Carta 11, 1894. ME3 30 1 Primeiro os princípios bíblicos, depois os testemunhos -- Meu primeiro dever é apresentar os princípios bíblicos. Então, a menos que tenha sido efetuada decidida e conscienciosa reforma por aqueles cujos casos me foram apresentados, preciso apelar pessoalmente para eles. -- Carta 69, 1896. ME3 30 2 A obra de Ellen G. White não é diferente da obra dos profetas bíblicos -- Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Nunca houve um tempo no qual Deus instruísse Seu povo mais intensamente do que os instrui agora a respeito de Sua vontade e da conduta que deseja que sigam. -- Testimonies for the Church 5:661; Testemunhos Selectos 2:276. ME3 30 3 A escritura e o espírito de profecia têm o mesmo autor -- O Espírito Santo é o autor das Escrituras e do Espírito de Profecia. Estes não devem ser torcidos e levados a indicar o que o homem quer que indiquem, para cumprir as idéias e os sentimentos do homem, para levar avante os seus desígnios sob todos os riscos. -- Carta 92, 1900. ME3 30 4 Relação dos escritos de Ellen G. White para com a Bíblia -- a luz menor -- Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1903. Citado em O Colportor Evangelista, 125. ME3 30 5 Provado pela Bíblia -- O Espírito não foi dado -- nem nunca o poderia ser -- a fim de sobrepor-Se à Escritura; pois esta explicitamente declara ser ela mesma a norma pela qual todo ensino e experiência devem ser aferidos. ... Isaías declara: "À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, não haverá manhã para eles." Isaías 8:20. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 7. ME3 30 6 Não para proporcionar nova luz -- O irmão J. procura confundir os espíritos, esforçando-se por fazer parecer que a luz que Deus nos concedeu por meio dos Testemunhos constitui um acréscimo à Palavra de Deus, mas com isto apresenta os fatos sob uma luz falsa. Deus houve por bem chamar por este meio a atenção de Seu povo para a Sua Palavra, a fim de conceder-lhes uma compreensão mais perfeita da mesma. ME3 31 1 A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida de todo o que sinceramente deseja entendê-la. Mas, não obstante isto, alguns que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Daí, para que tanto homens como mulheres fiquem sem escusa, Deus dá testemunhos claros e decisivos, a fim de reconduzi-los à Sua Palavra, que negligenciaram seguir. ME3 31 2 A Palavra de Deus está repleta de princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios. -- Testimonies for the Church 5:663, 664; Testemunhos Selectos 2:279. ME3 31 3 Testemunhos para trazer lições simples da palavra -- Nas Escrituras Deus expôs lições práticas para governar a vida e a conduta de todos; mas, conquanto Ele tenha dado minuciosas instruções a respeito de nosso caráter, conversação e conduta, em grande parte Suas lições são negligenciadas e desprezadas. Além das instruções em Sua Palavra, o Senhor tem concedido testemunhos especiais a Seu povo, não como uma nova revelação, mas para que possa apresentar-nos as claras lições de Sua Palavra, a fim de que sejam corrigidos os erros e indicado o caminho certo, para que toda alma fique sem escusa. -- Carta 63, 1893. Ver Testimonies for the Church 5:665. ME3 31 4 Ellen White foi habilitada para definir claramente a verdade e o erro -- Naquele tempo [depois do desapontamento de 1844], erro após erro procurava forçar entrada entre nós; pastores e doutores introduziam novas doutrinas. Nós investigávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se grupos de homens e mulheres pios, para esse fim. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era a verdade e o que era erro. ME3 32 1 Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações. Foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais, e do santuário, de modo que fomos colocados em posição onde a luz resplandecia sobre nós em raios claros e distintos. -- Obreiros Evangélicos, 302. ME3 32 2 Para corrigir o erro e especificar a verdade -- Escrevi muita coisa no diário que tenho mantido em todas as minhas viagens, e deve ser apresentado ao povo se for essencial, mesmo que eu não escreva mais nenhuma linha. Desejo que apareça o que for considerado conveniente, pois o Senhor me deu muita luz que desejo que as pessoas tenham; porque há instruções que o Senhor me tem dado para Seu povo. É luz que eles devem ter, regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui, um pouco ali. Isto deve agora ser apresentado ao povo, porque foi dado para corrigir erros capciosos e para especificar o que é verdade. O Senhor revelou muitas coisas que indicam a verdade, dizendo portanto: "Este é o caminho, andai por ele." -- Carta 117, 1910. ME3 32 3 Os testemunhos nunca contradizem a Bíblia -- A Bíblia deve ser o vosso conselheiro. Estudai-a e os Testemunhos que Deus tem dado; pois eles nunca contradizem Sua Palavra. -- Carta 106, 1907. ME3 32 4 Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os. Cristo e Belial não se unem. -- Testimonies for the Church 5:691. ME3 33 0 A respeito de citar a irmã White -- Como pode o Senhor abençoar os que manifestam o espírito de "não me importa", que os leva a andar em sentido oposto à luz que o Senhor lhes deu? Não solicito, porém, que acateis minhas palavras. Ponde a irmã White de lado. Não citeis outra vez as minhas palavras enquanto viverdes, até que possais obedecer à Bíblia. ME3 33 1 Quando fizerdes da Bíblia vosso alimento, vossa comida e vossa bebida, quando fizerdes de seus princípios os elementos de vosso caráter, conhecereis melhor como receber conselho de Deus. Enalteço a preciosa Palavra diante de vós neste dia. Não repitais o que eu declarei, afirmando: "A irmã White disse isto" e "a irmã White disse aquilo". Descobri o que o Senhor Deus de Israel diz, e fazei então o que Ele ordena. -- Manuscrito 43, 1901. (De uma alocução a dirigentes de igreja na noite que antecedeu a abertura da Assembléia da Associação Geral de 1901.) ------------------------Capítulo 5 -- Experiências ao receber as visões ME3 34 1 Primeira visão -- Enquanto eu estava orando junto ao altar da família, o Espírito Santo me sobreveio. -- Primeiros Escritos, 14. ME3 34 2 Éramos cinco pessoas, todas mulheres, reverentemente curvadas ante o altar da família. Enquanto orávamos, o poder de Deus desceu sobre mim como antes não o experimentara ainda. Pareceu-me estar rodeada de luz, e ir-me elevando acima da Terra. Nessa ocasião tive uma visão da experiência dos crentes adventistas, da vinda de Cristo e do galardão destinado aos justos. -- Testemunhos Selectos 2:270. ME3 34 3 A experiência relatada novamente -- Quando os raios da glória de Deus incidiram sobre mim pela primeira vez, eles pensaram que eu estava morta, e velaram ali, e choraram e oraram por muito tempo; mas, para mim, era o Céu, era a vida, e então o mundo se estendeu diante de mim e vi trevas como pano mortuário. ME3 34 4 Que significava isso? Eu não podia ver luz alguma. Então eu vi um pequeno clarão e depois outro, e essas luzes aumentaram e se tornaram mais brilhantes, e se multiplicaram e se tornaram cada vez mais fortes, até serem a luz do mundo. Estes eram os crentes em Jesus Cristo. ... ME3 34 5 Nunca pensei que devesse retornar ao mundo. Quando meu fôlego voltou a meu corpo, não pude ouvir nada. Tudo estava escuro. A luz e a glória em que meus olhos haviam pousado tinham eclipsado a luz, e isto durou muitas horas. Então, gradualmente comecei a reconhecer a luz, e perguntei onde estava. ME3 35 1 . Você está aqui mesmo em minha casa -- disse a proprietária da casa. ME3 35 2 . O quê? Aqui? Eu aqui? Não sabeis o que houve? ME3 35 3 Então tudo me voltou à memória. Este é que será o meu lar? Tornei a chegar até aqui? Oh! o peso e o fardo que recaiu sobre minha alma! -- Manuscrito 16, 1894. ME3 35 4 Inteiramente alheia às coisas terrenas -- Quando o Senhor acha conveniente dar uma visão, sou levada à presença de Jesus e dos anjos, e fico inteiramente alheia às coisas terrenas. Não consigo ver além daquilo que o anjo me indica. Minha atenção muitas vezes é dirigida para cenas que ocorrem na Terra. ME3 35 5 Sou por vezes levada muito adiante no futuro, sendo-me mostrado o que irá acontecer. Depois, também me são mostradas certas coisas da maneira como ocorreram no passado. -- Spiritual Gifts 2:292 (1860). ME3 35 6 Visões recebidas às vezes enquanto estava consciente -- Sexta-feira, 20 de Março, levantei-me cedo, por volta das três e meia da madrugada. Enquanto escrevia sobre o décimo quinto capítulo de S. João, de repente me sobreveio maravilhosa paz. O quarto todo parecia estar repleto da atmosfera do Céu. Parecia haver no quarto uma santa e sagrada presença. Depus a pena e fiquei em atitude de expectativa, para ver o que o Espírito iria dizer-me. Não vi pessoa alguma. Não ouvi nenhuma voz audível, mas um observador celestial parecia estar bem perto de mim; percebi que me encontrava na presença de Jesus. ME3 35 7 É-me impossível explicar ou descrever a doce paz e luz que parecia estar em meu quarto. Circundava-me uma santa e sagrada atmosfera, e foram apresentadas a meu espírito e entendimento questões de intenso interesse e importância. Uma linha de procedimento foi exposta diante de mim, como se a presença invisível estivesse falando comigo. O assunto sobre o qual eu estava escrevendo parecia ter-se desvanecido em minha mente, e outro assunto abriu-se distintamente diante de mim. Parecia haver um grande temor sobre mim à medida que as questões eram gravadas em minha mente. -- Manuscrito 12c, 1896. ME3 36 1 Outra visão enquanto escrevia -- Levantei-me cedo quinta-feira de manhã, por volta das duas horas da madrugada, e estava escrevendo diligentemente sobre a Videira Verdadeira, quando senti uma presença em meu quarto, como sucedeu muitas vezes antes, e perdi toda lembrança do que eu estava fazendo. Parecia encontrar-me na presença de Jesus. Ele me comunicava aquilo em que eu devia ser instruída. Tudo era tão claro que não pude deixar de compreendê-lo. ME3 36 2 Eu devia ajudar alguém com o qual esperava nunca mais ter de preocupar-me novamente. Não conseguia entender o que isso significava, porém decidi imediatamente não procurar discutir a esse respeito, mas seguir as instruções. Não foi proferida nenhuma palavra audível ao ouvido, e, sim, à mente. Eu disse: "Senhor, farei o que Tu ordenaste." -- Carta 36, 1896. ME3 36 3 Maravilhosas representações enquanto escrevia e falava -- É-me concedido auxílio especial não somente quando estou em pé diante de grandes congregações; mas, quando estou usando minha pena, são-me dadas maravilhosas representações do passado, do presente e do futuro. -- Carta 86, 1906. ME3 36 4 Ellen White não podia controlar as visões -- É completamente falso que alguma vez eu tenha insinuado que podia ter uma visão quando me aprouvesse. Não há nisto uma sombra de verdade. Eu nunca disse que podia lançar-me em visões quando me aprouvesse, pois isto é simplesmente impossível. Tenho sentido durante anos que se eu pudesse escolher o que quisesse e também agradar a Deus, preferiria morrer a ter uma visão, pois toda visão me coloca sob a grande responsabilidade de dar testemunhos de repreensão e de advertência, o que sempre se tem oposto a meus sentimentos, causando-me inexprimível aflição de alma. Nunca ambicionei minha posição, e, contudo, não ouso resistir ao Espírito de Deus e buscar uma posição mais fácil. ME3 37 1 O Espírito de Deus tem vindo sobre mim em diversas ocasiões, em lugares diferentes e sob várias circunstâncias. Meu marido não tem tido domínio sobre essas manifestações do Espírito de Deus. Muitas vezes se acha bem longe quando eu tenho tido visões. -- Carta 2, 1874. ME3 37 2 Não ousava duvidar -- Na confusão eu era algumas vezes tentada a duvidar de minha própria experiência. Quando certa manhã em orações de família, o poder de Deus começou a descer sobre mim, depressa veio a minha mente o pensamento de que era mesmerismo, e resisti a ele. Imediatamente fui tomada de mudez. ... Depois disto não mais ousei duvidar do poder de Deus ou resistir inda que fosse por um só momento, não importando o que outros pudessem pensar de mim. -- Primeiros Escritos, 22, 23. ME3 37 3 Ellen White apresenta evidências de seu chamado e obra -- Em nosso mundo há um espírito de crença e também um espírito de descrença. Nos últimos dias alguns apostatarão da fé, dando atenção a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Esperamos que aqueles que recusam harmonizar-se com Cristo se tornem um elemento hostil; mas não devemos pensar que isto nos causará dano. Precisamos lembrar-nos de que são mais os que estão conosco do que os que podem estar contra nós. Esta é minha esperança, e força e poder. Creio em Deus. Sei em quem tenho crido. Creio nas mensagens que Deus tem dado a Sua igreja remanescente. Desde a infância tenho tido muitas e muitas experiências que têm fortalecido minha fé na obra que Deus me deu para fazer. ME3 37 4 Habilitada a escrever -- No começo de minhas atividades em público, foi-me ordenado pelo Senhor: "Escreva, escreva as coisas que lhe são reveladas." Na ocasião em que recebi esta mensagem eu não tinha firmeza na mão. Minha condição física me impossibilitava de escrever. Mas novamente veio a ordem: "Escreva as coisas que lhe são reveladas." Obedeci; e, como resultado, não demorou muito para que pudesse escrever página após página com relativa facilidade. Quem me disse o que devia escrever? Quem me firmou a mão direita, possibilitando que eu usasse a pena? Foi o Senhor. ME3 38 1 Quando nos colocarmos na devida relação com Ele e nos entregarmos inteiramente a Sua Pessoa, veremos o miraculoso poder de Deus em palavra e ação. ME3 38 2 As visões confirmaram as conclusões provenientes do estudo da Bíblia -- Nos primeiros dias da mensagem, quando nosso número era pequeno, estudávamos diligentemente para compreender o significado de muitas passagens das Escrituras. Às vezes parecia não ser possível dar uma explicação. Meu espírito parecia estar fechado à compreensão da Palavra; mas, quando nossos irmãos que se haviam reunido para estudar chegavam a um ponto em que não podiam ir além, e recorriam a fervorosa oração, o Espírito de Deus repousava sobre mim e eu era arrebatada em visão, sendo instruída a respeito da relação de uma passagem para com outras passagens da Escritura. Estas experiências se repetiram reiteradas vezes. Assim muitas verdades da mensagem do terceiro anjo foram estabelecidas ponto a ponto. ME3 38 3 Pensais que minha fé nesta mensagem irá vacilar? Pensais que posso ficar calada quando vejo ser feito algum esforço para remover as colunas fundamentais de nossa fé? Estou tão cabalmente estabelecida nestas verdades como é possível que alguém o esteja. Nunca poderei olvidar a experiência pela qual passei. Deus confirmou minha crença por muitas manifestações de Seu poder. ME3 38 4 Escrevi tudo que tinha para dizer sobre a luz que recebi, e grande parte dela está agora irrompendo da página impressa. Há, do princípio ao fim de minhas obras impressas, uma harmonia com o meu ensino no presente. ME3 38 5 Ela não respirava enquanto estava em visão -- Algumas das instruções que se encontram nestas páginas foram dadas em circunstâncias tão notáveis que evidenciam o prodigioso poder de Deus em favor de Sua verdade. Às vezes, enquanto eu estava em visão, meus amigos se aproximavam de mim e exclamavam: "Vejam só, ela não respira!" Pondo um espelho diante de meus lábios, verificavam que não se juntava nenhuma umidade no vidro. Era enquanto não havia nenhum indício de respiração que eu continuava falando das coisas que me estavam sendo apresentadas. Essas mensagens eram dadas desse modo para confirmar a fé de todos, a fim de que nestes últimos dias tenhamos confiança no Espírito de Profecia. ME3 39 1 Voz preservada miraculosamente -- Dou graças a Deus porque Ele preservou minha voz, que no começo de minha juventude médicos e amigos declararam iria silenciar-se dentro de três meses. O Deus do Céu viu que eu precisava passar por uma penosa experiência, a fim de estar preparada para a obra que Ele queria que eu fizesse. ME3 39 2 Durante o meio século que passou, minha fé no triunfo final da mensagem do terceiro anjo e tudo que se relaciona com ela tem sido confirmada pelas maravilhosas experiências pelas quais tenho passado. É por isso que estou ansiosa de que meus livros sejam publicados e divulgados em muitas línguas. Sei que a luz contida nesses livros é a luz do Céu. ME3 39 3 Estudai as instruções -- Solicito que estudeis as instruções que estão escritas nesses livros. A João, o idoso apóstolo, veio a mensagem: "Escreve as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas." O Senhor mandou que eu escrevesse o que me foi revelado. Isto eu tenho feito, e está agora em forma impressa. ... ME3 39 4 Entre o erro que se alastra por toda a Terra, procuremos permanecer firmes sobre a plataforma da verdade eterna. Revistamo-nos de toda a armadura de Deus; pois nos é declarado que neste tempo Satanás mesmo operará milagres diante do povo; e, ao vermos estas coisas, precisamos estar preparados para resistir a sua influência enganadora. Tudo quanto é apresentado pelo inimigo como verdade não deve influenciar-nos; pois devemos estar sob a instrução do grande Autor de toda a verdade. -- The Review and Herald, 14 de Junho de 1906. ------------------------Capítulo 6 -- Vislumbres de como a luz veio a Ellen White ME3 40 1 Na primeira visão -- aparentemente presente, participando dos acontecimentos -- Enquanto eu estava orando junto ao altar da família, o Espírito Santo me sobreveio, e pareceu-me estar subindo mais e mais alto da escura Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: "Olha novamente, e olha um pouco mais para cima." Com isto olhei mais para o alto e vi um caminho reto e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. -- Primeiros Escritos, 14. ME3 40 2 Amplas visões panorâmicas -- Mediante a iluminação do Espírito Santo, as cenas do prolongado conflito entre o bem e o mal foram patenteadas à autora destas páginas. De quando em quando me foi permitido contemplar a operação, nas diversas épocas, do grande conflito entre Cristo, o Príncipe da vida, o Autor de nossa salvação, e Satanás, o príncipe do mal, o autor do pecado, o primeiro transgressor da santa lei de Deus. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 10. ME3 40 3 Um anjo explica o significado -- Estando eu em Loma Linda, Califórnia, em 16 de Abril de 1906, uma cena assombrosíssima me foi revelada. Numa visão noturna, estava eu numa elevação de onde via as casas sacudidas como o vento sacode o junco. Os edifícios, grandes e pequenos, eram derrubados. Os sítios de recreio, teatros, hotéis e mansões suntuosas eram sacudidos e arrasados. Muitas vidas eram destruídas e os lamentos dos feridos e aterrorizados enchiam o espaço. ... Não posso descrever as cenas terríveis que me foram apresentadas. Dir-se-ia que a paciência divina se tivesse esgotado, e houvesse chegado o dia do juízo. ME3 41 1 Conquanto terrível, a cena que me foi revelada não me causou tanta impressão quanto as instruções que recebi nessa ocasião. O anjo que estava ao meu lado declarou que a suprema soberania de Deus, o caráter sagrado da Sua lei, devem ser manifestados aos que obstinadamente se recusam a obedecer ao Rei dos reis. Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber-se da pecaminosidade do seu procedimento. -- Testemunhos Selectos 3:329, 330. ME3 41 2 Uma vívida visão referente a uma família -- O anjo de Deus disse: "Segue-me." Eu parecia estar num quarto de um tosco edifício, e ali diversos jovens jogavam cartas. Pareciam estar muito enlevados na diversão em que se achavam empenhados e estavam tão absortos que não perceberam que alguém entrou no aposento. Havia moças presentes que observavam os jogadores, e eram proferidas palavras de índole não muito refinada. Sentia-se um espírito e uma influência nesse aposento que não eram de molde a purificar e elevar a mente e enobrecer o caráter. ... ME3 41 3 Indaguei: "Quem são estes, e o que representa esta cena?" ME3 41 4 Foi dada a ordem: "Espere."... ME3 41 5 Tive outra representação. Havia a ingestão de bebidas alcoólicas, e as palavras e ações sob sua influência não eram nada favoráveis a pensamentos sérios, clara percepção no âmbito dos negócios, moral pura e elevação dos participantes. ... ME3 42 1 Perguntei novamente: "Quem são estes?" ME3 42 2 A resposta foi: "Uma parte da família que estás visitando. O adversário das almas, o grande inimigo de Deus e do homem, o chefe de principados e potestades e o dominador deste mundo tenebroso está presidindo aqui hoje à noite. Satanás e seus anjos, com suas tentações, estão arrastando essas pobres almas a sua própria ruína." -- Carta 1, 1893. ME3 42 3 Como se tudo estivesse sendo efetuado -- Agora tenho luz, principalmente à noite, como se tudo estivesse sendo efetuado, e eu o estivesse contemplando e ouvindo a conversação. Sou impelida a levantar-me e a enfrentá-lo. -- Manuscrito 105, 1907. ME3 42 4 Representações simbólicas -- Você me foi representado como um general, montado num cavalo e conduzindo um estandarte. Alguém chegou e tirou-lhe da mão o estandarte que continha as palavras: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus", e ele foi pisoteado na terra. Vi você rodeado por homens que o estavam prendendo ao mundo. -- Carta 239, 1903. ME3 42 5 Uma parte da obra que está sendo realizada [em prol dos desamparados] é representada como sendo semelhante a homens que rolavam grandes pedras até o alto de uma colina, com enorme esforço. Quando quase atingiam o topo da colina, as pedras tornavam a rolar para o fundo. Os homens só conseguiram levar algumas até o alto. Na obra realizada em favor dos degradados -- que esforço, que despesa, é requerido para entrar em contato com eles e levá-los, então, a resistir ao apetite e às paixões inferiores! -- Carta 232, 1899. ME3 42 6 Habilitada a compreender visões simbólicas -- Minha mente e percepções ainda são lúcidas. O Senhor me habilita a compreender aquilo que Ele me apresenta em figura. -- Carta 28, 1907. ME3 42 7 Avisada do perigo em que se achava um médico -- Numa visão, ontem à noite, eu vi você escrevendo. Alguém olhou por sobre os seus ombros e disse: "Você, meu amigo, está em perigo."... ME3 43 1 Quero falar-lhe de uma cena que presenciei enquanto estive em Oakland. Anjos cobertos de belas vestes, como anjos de luz, acompanhavam o Dr. A. dum lugar a outro, inspirando-o a proferir palavras arrogantes e jactanciosas que eram ofensivas a Deus. ME3 43 2 Pouco depois da conferência de Oakland, à noite o Senhor me apresentou uma cena, na qual Satanás, disfarçado da maneira mais atraente, procurava diligentemente chegar bem perto do Dr. A. Vi e ouvi muita coisa. Noite após noite eu era oprimida por grande angústia de alma ao ver esse personagem falando com nosso irmão. -- Carta 220, 1903. ME3 43 3 Revelado num lampejo de luz -- É feita a pergunta: Como a irmã White está informada a respeito das questões sobre as quais ela fala tão decididamente, como se tivesse autoridade para dizer essas coisas? Eu falo assim porque elas reluzem em minha mente, quando em perplexidade, como relâmpagos emitidos de uma nuvem escura, na fúria de uma tempestade. Algumas cenas que me foram apresentadas anos atrás não ficaram retidas em minha memória, mas quando a instrução que então foi dada é necessária, por vezes, mesmo quando estou em pé diante do povo, a lembrança vem nítida e clara, como o clarão de um relâmpago, trazendo à mente, de maneira distinta, essa instrução especial. Nessas ocasiões não posso deixar de dizer as coisas que aparecem subitamente em meu espírito, não porque eu tenha tido uma nova visão, mas porque aquilo que me foi apresentado, talvez há anos no passado, tem sido evocado vigorosamente por minha memória. -- Manuscrito 33, 1911. ME3 43 4 Cenas na sala de espera de um sanatório -- Em meus sonhos eu estava em _____, e meu Guia recomendou que atentasse para tudo que ouvisse, e observasse tudo que visse. Eu me achava num lugar isolado, onde não podia ser vista, mas podia ver tudo que acontecia no aposento. Havia pessoas liqüidando as contas com você, e as ouvi argumentando com sua pessoa a respeito da grande quantia cobrada pelo quarto e pela comida, e pelo tratamento. Ouvi como você, com voz firme e decidida recusou baixar a importância cobrada. Fiquei abismada ao ver que o preço era tão alto. ME3 44 1 Você parecia ser o poder dominante. Vi que a impressão que o seu procedimento causava sobre a mente dos que estavam liqüidando suas contas era desfavorável à instituição. Ouvi alguns de seus irmãos arrazoando com você, dizendo-lhe que seu procedimento era imprudente e injusto, mas você era tão firme como uma rocha em sua adesão a seu procedimento. Alegava que aquilo que estava fazendo era para o bem da instituição. Mas eu vi pessoas saindo de _____ que absolutamente não estavam satisfeitas. -- Carta 30, 1887. ME3 44 2 Cenas de familiaridade e adultério -- Enquanto estive na Europa, foi-me revelado aquilo que acontecia em _____. Disse uma voz: "Acompanha-me, e te mostrarei os pecados que são praticados pelos que se encontram em posições de responsabilidade." Passei pelos aposentos e vi que você, um atalaia sobre os muros de Sião, estava tendo muita intimidade com a mulher de outro homem, traindo encargos sagrados e crucificando de novo a seu Senhor. Considerou que um santo Vigia observava sua má obra, vendo suas ações e ouvindo suas palavras, e que estas também estão registradas nos livros do Céu? ME3 44 3 Ela estava sentada em seu colo; você a beijava, e ela beijava a você. Foram-me apresentadas outras cenas de afeto, olhares e atitudes sensuais, que causaram uma sensação de horror em minha alma. Você a enleava pela cintura com o braço, e o afeto expressado estava tendo uma influência sedutora. Então foi erguida uma cortina, e vi você na cama com _____. Meu Guia disse: "Iniqüidade, adultério." -- Carta 16, 1888. ME3 44 4 A mensagem representada como frutas distribuídas -- Seu trabalho me tem sido apresentado em figuras. Você estava passando por um grupo de pessoas uma vasilha repleta com as mais belas frutas. Mas, ao oferecer-lhes essas frutas, você proferia palavras tão ríspidas e sua atitude era tão desagradável que ninguém queria aceitá-las. Então um outro Indivíduo aproximou-Se do mesmo grupo e lhes ofereceu as mesmas frutas. E Suas palavras e maneiras eram tão corteses e agradáveis ao falar Ele da excelência das frutas, que a vasilha foi esvaziada. -- Carta 164, 1902. ME3 45 1 Uma pessoa de autoridade dá conselhos a respeito da localização de um sanatório -- À noite, eu estava numa reunião deliberativa em que os irmãos debatiam a questão do sanatório em Los Angeles. Um dos irmãos apresentou as vantagens de estabelecer o sanatório na cidade de Los Angeles. Então uma Pessoa de Autoridade Se levantou e expôs a questão com clareza e vigor. -- Carta 40, 1902. ME3 45 2 Cenas contrastantes; ilustrando o fervor missionário -- Pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa-múndi. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem que ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, esta deveria refleti-la sobre outras. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. ... ME3 45 3 Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida, e em resultado se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo o mundo. ME3 45 4 Então foi removido esse mapa, e colocado outro em seu lugar. Nesse a luz brilhava em poucos lugares apenas. O restante do mundo estava em trevas, havendo unicamente uns lampejos de luz aqui e ali. Disse o nosso Instrutor: "Esta escuridão é conseqüência de seguirem os homens o seu próprio caminho. Abrigaram hereditárias e cultivadas tendências para o mal. Tornaram as dúvidas, as murmurações e acusações a principal preocupação de sua vida. Seu coração não está reto para com Deus. Esconderam debaixo do alqueire a sua luz." -- Testemunhos Selectos 3:296, 297. ME3 46 1 O estudo da palavra e conhecimento especial -- Com a luz comunicada pelo estudo de Sua Palavra, e com o conhecimento especial que me foi dado de casos individuais entre o Seu povo, sob todas as circunstâncias e em todas as fases da vida, poderia eu laborar ainda na mesma ignorância, na mesma incerteza e cegueira espiritual que ao começo de minha experiência? Quererão meus irmãos sustentar que a irmã White foi uma aluna tão falta de inteligência, que o seu juízo a esse respeito não deve ser mais estimado agora do que antes de ela entrar para a escola de Cristo, a fim de ser preparada e disciplinada para essa obra especial? Porventura não terei compreensão mais nítida dos deveres e perigos do povo de Deus do que aqueles a quem estas coisas nunca foram apresentadas? -- Testemunhos Selectos 2:297. ME3 46 2 O Espírito Santo impressionava a mente e o coração de Ellen White -- Deus me concedeu, em conexão com esta obra, uma experiência definida e solene; e podeis estar certos de que, enquanto a vida me for poupada, não deixarei de levantar a voz de advertência quando for impelida pelo Espírito de Deus, quer os homens me ouçam quer deixem de ouvir-me. Não sou dotada de nenhuma sabedoria especial; sou apenas um instrumento nas mãos de Deus para fazer a obra que me designou. As instruções que tenho dado pela pena e de viva voz são uma expressão da luz que Deus Se dignou conceder-me. Tentei expor-vos os princípios que o Espírito de Deus, durante anos, tem estado a imprimir em meu espírito e a escrever em meu coração. ME3 46 3 E agora, irmãos, eu vos conjuro a que não vos interponhais entre mim e o povo, desviando dele a luz que Deus lhe deseja dar. Não deprimais, pela vossa crítica, a força, a virtude e a importância dos Testemunhos. Não imagineis que podeis selecioná-los para os acomodar às vossas próprias idéias, pretendendo que Deus vos deu perícia para discernir o que é luz do Céu e o que é mera sabedoria humana. Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os." -- Testemunhos Selectos 2:301, 302. ME3 46 4 Ilustrado na localização de uma fábrica de alimentos -- Nas visões da noite, estes princípios me foram apresentados em conexão com a proposta para o estabelecimento de uma padaria em Loma Linda. Foi-me mostrado um grande edifício em que eram confeccionados muitos alimentos. Havia também alguns edifícios menores perto da padaria. Enquanto estive presente, ouvi discussões em voz alta sobre o trabalho que estava sendo realizado. Havia falta de harmonia entre os obreiros, e estabeleceu-se a confusão. ME3 47 1 Então vi aproximar-se o irmão Burden. Seu semblante continha uma expressão de ansiedade e aflição enquanto ele procurava argumentar com os trabalhadores e conduzi-los à harmonia. A cena se repetiu, e o irmão Burden muitas vezes era afastado de seu trabalho regular como gerente do sanatório, para resolver divergências. ... ME3 47 2 Eu vi então pacientes em pé no belo terreno do sanatório. Eles ouviram as disputas entre os trabalhadores. Os pacientes não me viam, mas eu podia vê-los e ouvi-los, e seus comentários chegavam-me aos ouvidos. Eles proferiam palavras de pesar pelo fato de ser estabelecida uma fábrica de alimentos nesses belos terrenos, tão perto de uma instituição para o cuidado dos doentes. Alguns ficaram indignados. ... ME3 47 3 Apareceu então Alguém no local dos acontecimentos, e disse: "Tudo isto foi levado a passar diante de ti como lição prática, para que pudesses ver o resultado da execução de certos planos. ..." ME3 47 4 Em seguida, eis que mudou toda a cena! O edifício da padaria não estava onde havíamos planejado que estivesse, mas longe dos edifícios do sanatório, no caminho para a estrada de ferro. Era uma construção humilde, e ali era efetuado um trabalho modesto. A idéia comercial foi olvidada, e, em seu lugar, forte influência espiritual impregnava o ambiente. -- Carta 140, 1906. ------------------------Capítulo 7 -- Apresentando a mensagem revelada divinamente ME3 48 1 Instrução a Ellen White -- À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdades de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecido a outros o que assim fora revelado. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 11. ME3 48 2 Desde o começo de minha obra... tenho sido compelida a dar claro e incisivo testemunho, a censurar erros, e a não deter-me. -- Testimonies for the Church 5:678. ME3 48 3 Dando testemunho -- ajudada pelo Espírito de Deus -- Depois de sair da visão, não me recordo imediatamente de tudo quanto vi, e o assunto não está bem claro diante de mim enquanto não escrevo; então as cenas surgem diante de mim como foram apresentadas na visão, e posso escrever com desembaraço. Ocasiões há em que as coisas que vi me são ocultas depois que saio da visão, e só consigo relembrá-las quando compareço diante de um grupo de pessoas às quais se aplica a visão; então aquilo que vi me acode com poder à memória. ME3 48 4 Dependo tanto do Espírito do Senhor para relatar ou escrever a visão, como para recebê-la. É-me impossível evocar as coisas que me foram mostradas, a menos que o Senhor as traga perante mim na ocasião em que Lhe aprouver que eu as relate ou escreva. -- Spiritual Gifts 2:292, 293. ME3 49 1 Precisava ser impressionada pelo Espírito Santo -- Não posso, a meu próprio impulso, empreender e levar a cabo alguma obra. Tenho de ser impressionada pelo Espírito de Deus. Não posso escrever sem que o Espírito Santo me ajude. Há ocasiões em que não posso escrever nada. Outras vezes sou acordada às onze ou doze horas da noite, ou à uma hora da madrugada; e consigo escrever tão depressa como a mão é capaz de mover-se sobre o papel. -- Carta 11, 1903. ME3 49 2 Quando punha a pena na mão -- Assim que ponho a pena na mão, não fico em trevas quanto ao que devo escrever. E tão simples e claro como se uma voz me estivesse dizendo: "Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir." "Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas." -- Manuscrito 89, 1900. ME3 49 3 Estou muito ocupada em escrever. Cedo e tarde, estou escrevendo os assuntos que o Senhor expõe diante de mim. A responsabilidade de minha obra é preparar um povo que permaneça em pé no dia do Senhor. -- Carta 371, 1907. (Publicada em Writing and Sending Out of the Testimonies to the Church, 15.) ME3 49 4 A integridade de sua mensagem -- Falo aquilo que tenho visto, e que sei que é verdade. -- Carta 4, 1896. ME3 49 5 No desempenho do meu trabalho, falo as coisas que o Senhor me comunica. E, em minhas palavras a vós, ... [não] ousaria dizer que o Senhor não me impeliu a fazer as observações que fiz durante toda aquela palestra. -- Carta 18d, 1890. ME3 49 6 Escrevo tudo aquilo que o Senhor me dá para escrever. -- Carta 52, 1906. ME3 49 7 Testemunho expresso em suas próprias palavras -- Se bem que eu dependa tanto do Espírito do Senhor ao escrever minhas visões como quando as recebo, as palavras que emprego na descrição do que vi são minhas próprias, a não ser que sejam as que foram proferidas por um anjo, as quais ponho sempre entre aspas. -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1867. ME3 50 1 Preciso escrever estas coisas repetidas vezes -- Tenho escrito fielmente, por extenso, as advertências que Deus me tem dado. Elas foram impressas em livros; contudo, não posso deixar de fazê-lo. Preciso escrever estas mesmas coisas repetidas vezes. Não peço para ser dispensada. Enquanto o Senhor me poupar a vida, tenho de continuar a transmitir estas solenes mensagens. -- Manuscrito 21, 1910. ME3 50 2 O conceito de Ellen White sobre seus escritos -- ME3 50 3 a. Os testemunhos: Os que lêem cuidadosamente os testemunhos tal como têm aparecido desde os primeiros tempos, não precisam ficar perplexos quanto a sua origem. Os muitos livros, escritos com o auxílio do Espírito de Deus, apresentam vivo testemunho quanto ao caráter dos testemunhos. -- Carta 225, 1906. Publicada em Mensagens Escolhidas 1:49, 50. ME3 50 4 b. Os livros da série "O Conflito dos Séculos": A irmã White não é a originadora destes livros. Eles contêm a instrução que durante o trabalho de sua vida Deus tem estado a dar-lhe. Contêm a preciosa, confortadora luz que Deus, graciosamente, deu a Sua serva para ser dada ao mundo." -- O Colportor Evangelista, 123. ME3 50 5 c. Os artigos: Não escrevo um só artigo na revista expressando meramente minhas próprias idéias. Eles são o que Deus expôs diante de mim em visão -- os preciosos raios de luz procedentes do trono. -- Testimonies for the Church 5:67. ME3 50 6 d. As cartas (testemunhos): Fraca e tremendo, levantei-me às três horas da madrugada para escrever-vos. Deus estava falando através da argila. Talvez digais que esta comunicação apenas era uma carta. Sim, era uma carta, mas induzida pelo Espírito de Deus, a fim de apresentar a vossa mente as coisas que me foram mostradas. Nestas cartas que escrevo, nos testemunhos que apresento, transmito-lhes aquilo que o Senhor me apresentou. -- Testimonies for the Church 5:67. ME3 51 1 e. As entrevistas: Ele [o Pastor G. A. Irwin] tem consigo uma pequena agenda na qual anota as questões desconcertantes que ele me apresenta, e se tenho alguma luz sobre esses pontos, eu escrevo por extenso a esse respeito, para benefício de nosso povo, não somente na América, mas também neste país [Austrália]. -- Carta 96, 1899. ME3 51 2 f. Quando não havia luz: Não tenho luz sobre o assunto [quem constituem precisamente os 144.000]. ... Tenha a bondade de dizer a meus irmãos que nada me foi apresentado acerca das circunstâncias de que escrevem, e só lhes posso expor aquilo que me foi apresentado. -- Citado numa carta de C. C. Crisler a E. E. Andross, 8 de Dezembro de 1914. (No Arquivo de Documentos do Patrimônio White, Número 164.) ME3 51 3 Não estou em condições de escrever a nossos irmãos acerca de vossa futura obra. ... Não recebi instruções quanto ao lugar em que deveis fixar residência. ... Se o Senhor me der instruções definidas a vosso respeito, eu vo-las transmitirei; mas não posso assumir responsabilidades que o Senhor não me confiou. -- Carta 96, 1909. ME3 51 4 Representações dadas por Deus reproduzidas tão vividamente quanto possível -- Preciso de todas as parcelas de minhas forças para reproduzir as representações que o Senhor me tem dado e torná-las tão vívidas quanto for possível, no tempo em que puder fazê-lo. -- Carta 325, 1905. ME3 51 5 O Espírito Santo dá palavras apropriadas -- A bondade do Senhor para comigo é muito grande. Louvo o Seu nome porque minha compreensão dos assuntos bíblicos é clara. O Espírito de Deus atua em minha mente e me dá palavras apropriadas para expressar a verdade. Também sou grandemente fortalecida quando estou em pé diante de grandes congregações. -- Carta 90, 1907. ME3 51 6 A ajuda do Espírito na escolha de palavras apropriadas -- Estou procurando captar as próprias palavras e expressões que foram feitas no tocante a este assunto, e, quando minha pena hesita por um momento, me vêm à mente as palavras apropriadas. -- Carta 123, 1904. ME3 51 7 Ao escrever estes preciosos livros, se eu hesitava, me era dada a própria palavra de que necessitava para expressar a idéia. -- Carta 265, 1907. ME3 52 1 Escolhendo cuidadosamente as palavras -- Estou muitíssimo ansiosa de usar palavras que não dêem ensejo para que alguém mantenha sentimentos errôneos. Preciso usar palavras que não sejam tomadas em mau sentido, atribuindo-se-lhes um significado oposto àquilo que tencionavam indicar. -- Manuscrito 126, 1905. ME3 52 2 Nenhuma frase herética -- Estou agora examinando meus diários e as cópias de cartas escritas diversos anos atrás. ... Tenho um material mui precioso para ser reproduzido e colocado diante do povo em forma de testemunho. Enquanto eu for capaz de realizar esta obra, as pessoas devem ter algo para recordar a história passada, a fim de que vejam que há uma corrente de verdade retilínea, sem uma só frase herética, naquilo que escrevi. Foi-me declarado que isto deve ser uma carta viva para todos quanto a minha fé. -- Carta 329a, 1905. ME3 52 3 Primeiro uma apresentação geral, depois uma aplicação específica -- Fui levada de um quarto de doentes para outro, onde o Dr. B. era o médico. Nalguns casos fiquei triste ao ver uma grande ineficiência. Ele não tinha suficiente conhecimento para compreender o que o caso requeria e o que era essencial fazer para debelar a doença. ME3 52 4 A pessoa de autoridade que muitas vezes me tem instruído, disse: "Jovem, você não é um estudante diligente. Roça de leve a superfície. Precisa estudar com diligência, aproveitar suas oportunidades, aprender mais; e as lições que aprender, aprenda-as cabalmente. Você anda com a cabeça vazia. É alguma coisa solene ter a vida humana nas mãos, sendo que um erro que você cometa, alguma falta de profundo discernimento de sua parte poderá abreviar a existência daqueles que poderiam viver. Este perigo seria minorado se o médico tivesse um conhecimento mais completo sobre como tratar os doentes." ME3 52 5 Nunca escrevi isto para você, mas apresentei tudo, de maneira geral, sem aplicá-lo ao seu caso. Acho agora que você deveria saber estas coisas, e que a luz que foi dada aos obreiros no sanatório, nalguns aspectos se referia a sua pessoa. Digo-lhe no espírito de amor por sua alma e com interesse em seu êxito como médico clínico: Você precisa tomar maiores sorvos da fonte do conhecimento, antes que esteja preparado para ser o primeiro ou para trabalhar sozinho numa instituição para os doentes. -- Carta 7, 1887. ME3 53 1 Expondo o caso sem nenhum disfarce -- Na última visão que tive foi-me apresentado o seu caso. ... Pelo que me foi mostrado, você é um transgressor do sétimo mandamento. Como seu espírito pode estar em harmonia com a preciosa Palavra de Deus, cujas verdades o perscrutam em todo o sentido? Se houvesse incorrido inadvertidamente nesse desatino, ele seria mais desculpável, mas não foi assim. Você tem sido advertido. Você tem sido repreendido e aconselhado. ... ME3 53 2 Minha alma se comove dentro de mim. ... Não darei uma aparência agradável a seu caso. Você está numa situação terrível e necessita ser inteiramente transformado. -- Carta 52, 1876. ME3 53 3 Nem sempre uma visão especial -- Escrevo isto porque não ouso retê-lo. Você está longe de fazer a vontade de Deus, longe de Jesus, longe do Céu. Não constitui uma surpresa para mim que Deus não esteja abençoando os seus labores. Talvez você diga: "Deus não deu à irmã White uma visão no meu caso, por que, então, ela escreve da maneira como o faz?" ME3 53 4 Tenho visto os casos de outros que, assim como você, estão negligenciando seus deveres. Vi muitas coisas em seu caso em sua experiência no passado. E quando visito uma família e vejo que é adotada uma linha de procedimento que Deus reprovou e condenou, fico pesarosa e aflita, quer me tenham sido mostrados esses pecados especiais ou os pecados de outro que negligenciou deveres similares. Sei o que estou dizendo. Tenho profundas convicções a esse respeito. Digo, portanto: Por amor a Cristo, tome depressa a posição certa e prepare-se para a batalha. -- Carta 52, 1886. ME3 53 5 Testemunho e conselho baseado em muitas visões -- Deus me deu um testemunho de repreensão aos pais que tratam seus filhos assim como estais fazendo com os vossos filhinhos. -- Carta 1, 1877. ME3 54 1 Esse assunto me foi apresentado à mente em outros casos em que indivíduos pretenderam ter mensagens de caráter idêntico para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, e foi-me dada a palavra: "Não os creiais." -- Carta 16, 1893. Citada em Mensagens Escolhidas 2:63, 64. ME3 54 2 Transmitindo um testemunho inesperadamente -- Sábado, de manhã cedo, fui a uma reunião e o Senhor me deu um testemunho dirigido diretamente a eles, para completa surpresa minha. Eu o derramei sobre eles, mostrando-lhes que o Senhor enviou Seus ministros com uma mensagem, e a mensagem trazida por eles era o próprio meio designado por Deus para alcançá-los, mas eles tomaram a liberdade de destruí-la e tornar sem efeito a Palavra de Deus. ... Posso dizer-vos que houve grande assombro e admiração por eu ousar falar-lhes dessa maneira. -- Carta 19, 1884. ME3 54 3 Fazer repreensões, uma tarefa desagradável para Ellen White -- Se eu fosse à [Assembléia da] Associação Geral, seria compelida a tomar providências que atingiriam alguns até o âmago. Fico grandemente pesarosa ao fazer isto, e levo muito tempo para restabelecer-me da tensão que tal experiência causa em mim. -- Carta 17, 1903. ME3 54 4 Obra confirmada tanto por mensagens orais como escritas -- As mensagens que Deus me deu foram comunicadas a Seu povo tanto de maneira oral como em forma impressa. Assim minha obra tem sido duplamente confirmada. ME3 54 5 Sou instruída de que o Senhor, por Seu infinito poder, preservou a mão direita de Sua mensageira por mais de meio século, a fim de que a verdade pudesse ser escrita como Ele me ordena escrevê-la para publicação em periódicos e livros. -- Carta 136, 1906. ME3 54 6 Ela não sabia dizer se isso estava no passado ou no futuro -- Tenho sido impelida pelo Espírito do Senhor a advertir plenamente nosso povo quanto à indevida familiaridade de homens casados com mulheres, e de mulheres com homens. Esse sentimentalismo doentio existia na missão [urbana] em _____, antes de você estar ligado com ela. Vi você e outros manifestando a mesma coisa; não sei dizer se isso estava no passado ou no futuro, pois amiúde as coisas me são apresentadas muito antes que elas tenham ocorrido. -- Carta 17, 1891. ME3 55 1 Mostrado como se a obra estivesse pronta -- Tenho pensado sobre como, depois que começamos a obra do sanatório em Battle Creek, os edifícios do sanatório, completamente prontos para ocupação, me foram mostrados em visão. O Senhor instruiu-me quanto à maneira pela qual devia ser conduzida a obra nesses edifícios, para que exercesse uma influência salutar sobre os pacientes. ME3 55 2 Tudo isso parecia ser muito real para mim; mas, quando acordei, descobri que a obra ainda teria de ser feita e que não havia edifícios construídos. ME3 55 3 Noutra ocasião foi-me mostrado um grande edifício em construção no local em que posteriormente se erigiu o Sanatório de Battle Creek. Os irmãos estavam em grande perplexidade quanto a quem tomaria conta da obra. Eu chorava intensamente. Uma pessoa de autoridade levantou-se entre nós e disse: "Ainda não. Não estais preparados para investir recursos nesse edifício ou para planejar sua futura administração." ME3 55 4 Nesse tempo tinha sido lançado o fundamento do sanatório. Mas precisávamos aprender a lição da espera. -- Carta 135, 1903. ME3 55 5 Mostrados a Paulo, de antemão, perigos que iriam surgir -- Paulo era um apóstolo inspirado, contudo o Senhor não lhe revelava em todos os tempos a condição exata de Seu povo. Os que estavam interessados na prosperidade da igreja e que tinham visto males nela penetrando apresentaram o assunto perante ele, e, pela luz que recebera anteriormente, achava-se preparado para julgar o verdadeiro caráter desses desenvolvimentos. Conquanto o Senhor não lhe houvesse dado uma nova revelação para esse tempo especial, os que estavam realmente em busca de luz não rejeitaram sua mensagem como se fosse apenas uma carta comum. Não mesmo. O Senhor lhe mostrara as dificuldades e os perigos que surgiriam nas igrejas, para que quando se manifestassem ele soubesse exatamente como enfrentá-los. -- Testimonies for the Church 5:65. ME3 55 6 Ellen White podia falar agora -- Esta manhã assisti a uma reunião à qual compareceu um grupo seleto de pessoas que tinham sido convocadas para considerar algumas questões que lhes foram apresentadas por uma carta solicitando consideração e conselho sobre esses assuntos. Eu podia falar de alguns desses assuntos, porque em diversas ocasiões e em vários lugares me foram apresentadas muitas coisas. ... À medida que meus irmãos liam trechos de cartas eu sabia o que dizer-lhes; pois esta questão me tem sido apresentada reiteradas vezes em relação com o campo sulino. Até agora eu não me sentira em liberdade para escrever sobre o assunto. ... A luz que o Senhor me tem dado em diversas ocasiões é que o campo sulino, onde se encontra a maior parte da população de raça negra, não pode ser trabalhada de acordo com os mesmos métodos que outros campos. -- Carta 73, 1895. Publicada em The Southern Work, 72. ME3 56 1 Quando chegasse o momento propício -- Não devo escrever mais agora, conquanto haja muita coisa mais que escreverei quando souber que realmente chegou o momento propício. -- Carta 124, 1902. ME3 56 2 Adiado por um ano -- O Senhor me ajudou e me abençoou extraordinariamente durante a conferência em Melbourne. Antes de empreendê-la, labutei com muito afinco, dando testemunhos pessoais que eu escrevera minuciosamente um ano antes, mas não me sentira disposta a enviar para eles. Pensei nas palavras de Cristo: "Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." João 16:12. Quando incluí a comunicação já pronta para o correio, uma voz parecia dizer-me: "Ainda não, ainda não. Eles não aceitarão o seu testemunho." -- Carta 39, 1893. ME3 56 3 Visões nem sempre compreendidas a princípio -- Certa ocasião, quando palestramos juntos sobre a sua experiência em seu trabalho, você me perguntou: "A senhora me disse tudo?" Não pude mencionar nada mais naquela ocasião. Com freqüência me são dadas representações que a princípio eu não compreendo, mas depois de algum tempo elas se tornam claras pela reiterada apresentação dessas coisas que a princípio eu não entendi, e de certas maneiras que fazem com que o seu significado seja claro e inconfundível. -- Carta 329, 1904. ME3 57 1 O que eu escrevi parecia ser novo -- À noite sou despertada de meu sono e escrevo em meu diário muitas coisas que parecem ser novas para mim quando as leio, bem como para todos os que as ouvem. Se eu não visse o assunto em minha própria letra, não pensaria que minha pena o havia traçado. -- Carta 118, 1898. ME3 57 2 Escritos anteriores são oportunos -- Tenho uma grande quantidade de valioso material, escrito em Cooranbong [Austrália] e datado em 20 de Dezembro de 1896, que constitui precisamente o que é necessário neste tempo. Mandarei copiá-lo hoje, e, se for possível, enviá-lo-ei pelo correio vespertino. Eu perdera todo vestígio desses manuscritos, mas esta manhã uma pilha de cópias atraiu minha atenção, e, ao examiná-la, verifiquei com surpresa que era exatamente o que eu precisava. -- Carta 262, 1907. ME3 57 3 A mente deve estar preparada espiritualmente -- Procuro não esquivar-me de transmitir a nosso povo todo conselho de Deus; às vezes, porém, tenho adiado certos assuntos com a injunção: "Eles não podem suportá-los agora." Até a verdade não pode ser apresentada em sua plenitude a mentes que não estão preparadas espiritualmente para recebê-las. Tenho muito que dizer, mas as pessoas às quais as mensagens se aplicam não podem suportá-las em seu atual estado de falta de consagração. -- Carta 55, 1894. ME3 57 4 Por que Paulo não pôde contar tudo -- O grande apóstolo teve muitas visões. O Senhor mostrou-lhe muitas coisas, as quais não é lícito ao homem referir. Por que ele não podia contar aos crentes o que tinha visto? Porque teriam feito errônea aplicação das grandiosas verdades apresentadas. Não conseguiriam compreender essas verdades. E, no entanto, tudo que foi mostrado a Paulo moldou as mensagens que Deus o incumbiu de transmitir às igrejas. -- Carta 161, 1903. ME3 57 5 Nenhuma pretensão de luz especial para escritos biográficos -- Ao preparar as páginas que seguem [Spiritual Gifts, vol. 2, que é um relato autobiográfico], labutei sob condições grandemente desfavoráveis, pois em muitos casos tive de depender da memória, não tendo mantido nenhum diário até bem poucos anos atrás. Em diversos casos enviei os manuscritos a amigos que se achavam presentes quando ocorreram as circunstâncias relatadas, para que os examinassem, antes que fossem para o prelo. Tenho tido grande cuidado e tenho gasto muito tempo, procurando expor os fatos simples da maneira mais correta possível. ME3 58 1 Fui, porém, muito auxiliada, na obtenção das datas, pelas numerosas cartas que escrevi. -- Prefácio de Spiritual Gifts, vol. 2. ME3 58 2 Pedimos encarecidamente que se alguém encontrar declarações incorretas neste livro, comunique-o imediatamente a mim. A edição será completada por volta de primeiro de Outubro; portanto, façam isso antes desse tempo. -- Ibidem. Apêndice nos primeiros 400 exemplares. ME3 58 3 Distinção entre assuntos comuns e religiosos -- Há vezes, porém, em que devem ser declaradas coisas comuns, pensamentos comuns precisam ocupar a mente, cartas comuns precisam ser escritas e informações dadas, as quais passaram de um a outro dos obreiros. Tais palavras, tais informações, não são dadas sob a inspiração especial do Espírito de Deus. São por vezes feitas perguntas que não dizem respeito, absolutamente, a assuntos religiosos, e estas perguntas precisam ser respondidas. Conversamos acerca de casas e terras, negócios a serem feitos, locais para nossas instituições, suas vantagens e desvantagens. -- Manuscrito 107, 1909. Publicado em Mensagens Escolhidas 1:39. ME3 58 4 O ponto ilustrado -- Não me foi dada a mensagem: Mandem chamar o irmão C., para que venha à Austrália. Não; portanto, não digo: Sei que este é o seu lugar. Mas é o meu privilégio expressar meus desejos, mesmo que diga: Não falo por mandamento. ME3 58 5 Não quero, porém, que venha devido a alguma persuasão de minha parte. Desejo que busque fervorosamente ao Senhor e siga então aonde Ele o guiar. Quero que venha quando Deus disser: Venha, e nenhum momento antes. ME3 58 6 Entretanto, é meu privilégio apresentar as necessidades da obra de Deus na Austrália. A Austrália não é meu país somente, mas a província do Senhor. O país pertence a Deus; o povo é Seu. Aqui deve ser efetuada uma obra, e se o irmão não é a pessoa designada para realizá-la, ficarei plenamente conformada ao saber que se dirigiu para alguma outra localidade. -- Carta 129, 1897. (Esta carta trata da necessidade de um sanatório na Austrália e da possibilidade desse homem ir a esse país para iniciar tal empreendimento.) ME3 59 1 Informação obtida dos que deviam saber -- A informação quanto ao número de quartos no Sanatório Vale do Paraíso foi dada, não como uma revelação vinda do Senhor, mas simplesmente como uma opinião humana. Nunca me foi revelado o número exato dos quartos de qualquer de nossos sanatórios; e o conhecimento que tenho obtido dessas coisas, tive indagando dos que se esperava que soubessem. Em minhas palavras, quando falando acerca desses assuntos comuns, não há nada que leve os espíritos a crer que recebo meu conhecimento em visão do Senhor e o estou declarando como tal. -- Manuscrito 107, 1909. Citado em Mensagens Escolhidas 1:38. ME3 59 2 Duas espécies de cartas -- Queridos Filhos [Edson e Ema]: Precisei escrever sobre muitos assuntos e tenho trabalhado com afinco. Meu coração está firme, confiando no Senhor. Não devemos, de modo algum, ser dominados pela dúvida, mas ser esperançosos. ME3 59 3 Esta manhã encontrei vossa carta debaixo da porta. Fiquei contente ao receber notícias a vosso respeito. Ontem vos escrevi uma carta sobre assuntos comuns e corriqueiros. [Ver a próxima citação.] Esta carta será enviada hoje. Escrevi uma longa carta sobre o assunto mencionado em vossa carta, e mandei copiá-la. Isto logo vos será enviado. ... ME3 59 4 Pelas instruções que o Senhor me tem dado de vez em quando, sei que devia haver obreiros que fizessem excursões médico-evangelísticas entre as cidades e vilas. Os que realizarem este trabalho terão abundante colheita de almas, tanto das classes mais elevadas como das mais humildes. -- Carta 202, 1903. ME3 59 5 A carta que trata de coisas comuns -- Queridos Filhos Edson e Ema. -- Faz bastante tempo que não vos escrevo. Gostaria muitíssimo de visitar-vos em vosso próprio lar. Willie me escreveu que está muito contente com a vossa situação. Não tenho tido notícias a vosso respeito há longo tempo. Ficaria muito alegre se recebesse uma carta de vós, mesmo que fossem apenas algumas linhas! E lembrai-vos de que em qualquer ocasião que quiserdes fazer-nos uma visita, para trocar idéias sobre o vosso trabalho e sobre os livros que estamos procurando publicar, ficarei mais do que contente em ver-vos. ME3 60 1 Parece que faz tanto tempo que Willie nos deixou! Ele partiu no último dia de Junho, e agora é 10 de Setembro. Só estará em casa daqui a uma semana. ... -- Carta 201, 1903. ME3 60 2 O critério da irmã White -- Você evidenciou sua opinião a respeito de seu próprio critério -- que ele era mais fidedigno do que o da irmã White. Considerou que a irmã White tem lidado exatamente com tais casos durante sua vida de serviço para o Mestre, que casos semelhantes ao seu e muitas variedades de casos têm passado diante dela, os quais devem ter feito com que saiba o que é correto e o que é errado nessas coisas? Um critério que tem estado sob a instrução de Deus por mais de cinqüenta anos não deve ter nenhuma preferência sobre os que não têm tido esta disciplina e educação? Tenha a bondade de considerar estas coisas. -- Carta 115, 1895. ME3 60 3 Não ousava falar quando não havia luz especial -- Encontro-me freqüentemente na posição em que não ouso aprovar nem desaprovar os projetos que me são apresentados; pois há o perigo de que quaisquer palavras que eu profira sejam relatadas como alguma coisa que o Senhor me deu. Nem sempre é seguro que eu expresse minha própria opinião; pois, às vezes, quando alguém quer realizar seu próprio propósito, considerará qualquer palavra favorável que eu profira como luz especial do Senhor. Serei cautelosa em todos os meus movimentos. -- Carta 162, 1907, 2. ------------------------Capítulo 8 -- A questão da influência ME3 62 1 Quem contou isso para a irmã White? -- Os que não fizeram caso das mensagens de advertência perderam a orientação. Alguns, em sua confiança em si mesmos, ousaram afastar-se daquilo que sabiam ser verdade, com as palavras: "Quem contou isso para a irmã White?" Essas palavras revelam a medida de sua fé e confiança na obra que o Senhor me deu para fazer. Eles têm diante de si o resultado da obra que o Senhor me confiou, e se isto não os convence, nem argumentos, nem revelações futuras teriam alguma influência sobre eles. O resultado será que o Senhor falará novamente em punição, como tem falado no passado. -- Review and Herald, 19 de Maio de 1903, p. 8. ME3 62 2 Alguém lhe contou estas coisas? -- Alguns são propensos a perguntar: "Quem contou estas coisas para a irmã White?" Eles até me têm lançado a pergunta: "Alguém lhe disse estas coisas?" Pude responder-lhes: "Sim; sim, o anjo de Deus me falou." Mas, o que eles querem dizer é: "Os irmãos e as irmãs estão expondo suas faltas?" No futuro, não depreciarei os testemunhos que Deus me deu, fazendo explanações para tentar satisfazer essas mentes tacanhas, mas considerarei todas essas perguntas como um insulto ao Espírito de Deus. O Senhor achou conveniente impelir-me a posições em que não colocou a nenhuma outra pessoa em nossas fileiras. Ele pôs sobre mim fardos de repreensão que não tem dado a nenhum outro indivíduo. -- Testimonies for the Church 3:314, 315. ME3 63 1 Alguém o contou para a irmã White -- Agora mesmo a descrença é expressa pelas palavras: "Quem escreveu estas coisas para a irmã White?" Mas não sei de ninguém que as conheça assim como são, e ninguém que pudesse escrever aquilo que ele não imagina existir. Alguém o contou para mim -- Aquele que não falsifica, julga mal ou exagera nenhum caso. -- Special Instruction Relating to the Review and Herald Office and the Work in Battle Creek, 16. ME3 63 2 Não é digna de confiança se houver sido influenciada -- Pensais que indivíduos me imbuíram a mente de preconceitos. Se eu me encontro nessa situação, não estou habilitada para ser encarregada da obra de Deus. -- Carta 16, 1893. ME3 63 3 A Sra. White não lia certas cartas ou artigos -- Talvez você me acuse por não ler seu pacote de escritos. Eu não os li, nem as cartas enviadas pelo Dr. Kellogg. Eu tinha uma mensagem de severa reprimenda para a casa publicadora, e sabia que se eu lesse as comunicações que me foram enviadas, mais tarde, quando o testemunho se tornasse conhecido, você e o Dr. Kellogg seriam tentados a dizer: "Eu lhe dei essa inspiração." -- Carta 301, 1905. ME3 63 4 Não tenho tido o hábito de ler artigos doutrinários na revista [Review and Herald], para que meu espírito não tenha alguma compreensão das idéias e opiniões de outrem e para que o molde das teorias de algum homem não tenha conexão alguma com o que escrevo. -- Carta 37, 1887. ME3 63 5 Uma questão suscitada no começo de seu ministério -- Se acaso você tivesse dito tanta coisa assim, isso teria afetado as visões que Deus me dá? Nesse caso, as visões não são nada. ... Aquilo que você ou qualquer outra pessoa tem dito não é absolutamente nada. Deus tomou a questão a Seu cargo. ... O que você disse, irmã D., não me influenciou de modo algum. Minha opinião nada tem que ver com o que Deus me mostrou em visão. -- Carta 6, 1851. ME3 63 6 A repreensão não provinha de boatos -- Recebi sua carta e procurarei respondê-la. O irmão diz que aceitou os testemunhos, mas não aceita a parte referente ao engano. No entanto, meu irmão, ela é verdadeira, e os boatos nada têm que ver com este caso de repreensão. -- Carta 28, 1888. ME3 64 1 Uma tentativa para guiar a Sra. White -- O irmão E. sugere que o povo se agradaria de que eu falasse menos sobre dever e mais a respeito do amor de Jesus. Mas desejo falar como o Espírito do Senhor me impressionar. O Senhor sabe melhor o que este povo necessita. Falei pela manhã [sábado, 17 de Outubro] de Isaías 58. De modo algum contornei a realidade dos fatos. -- Manuscrito 26, 1885. ME3 64 2 Manipulada por alguém poderoso em conselho -- Há os que dizem: "Alguém manipula seus escritos." Reconheço a procedência da acusação. É Alguém que é poderoso em conselho, Alguém que me apresenta a condição das coisas. -- Carta 52, 1906. ME3 64 3 Por que às vezes eram feitas indagações? -- Alguém que me fez uma confissão contou-me que dúvidas e descrença haviam sido acalentadas por eles contra os testemunhos por causa das palavras que lhes foram ditas pela irmã F. Uma coisa mencionada era que os testemunhos para os indivíduos me haviam sido relatados por outros, e eu os transmiti como se fossem uma mensagem de Deus. Minha irmã sabe que com isso está-me fazendo passar por hipócrita e mentirosa?... ME3 64 4 Um caso mencionado pela irmã F. foi que ela me contara tudo sobre o caso da família do irmão G., e o que ela soube em seguida era que eu estava relatando as próprias coisas que me contara, como sendo aquilo que o Senhor me havia mostrado. ME3 64 5 Permiti que eu explique o que houve. Freqüentemente me são mostradas famílias e indivíduos, e, quando tenho oportunidade, indago aos que estão familiarizados com elas como essa família está passando, com a finalidade de determinar se os pastores ou o povo têm algum conhecimento dos males existentes. ME3 64 6 Este foi o fato no caso relacionado com a família do irmão G. Eu queria ver se o testemunho era confirmado pelos fatos. Mas a informação dada não originou o testemunho, embora almas imprevidentes e tentadas possam interpretá-la desse modo. -- Carta 17, 1887. ME3 65 1 Quem o contou para Paulo e para a irmã White? -- Quando um testemunho do Senhor é apresentado aos que erram, amiúde é feita a pergunta: Quem o contou para a irmã White? Este deve ter sido o caso nos dias de Paulo, pois alguém deve ter tido o interesse da igreja no coração para apresentar ao apóstolo, o ministro designado por Deus, os perigos dos membros da igreja que ameaçavam sua prosperidade. Há tempo de falar, e tempo de estar calado. Naturalmente, é preciso fazer alguma coisa, e o ministro designado pelo Senhor não deve ser omisso em sua obra para corrigir esses males. Agora esses males estavam existindo, e Paulo tinha uma obra a ser feita para detê-los. ME3 65 2 Sabemos que o estado das igrejas fora apresentado a Paulo. Deus lhe deu luz e conhecimento a respeito da ordem que devia ser mantida nas igrejas, dos males que surgiriam e teriam de ser corrigidos e enfrentados com firmeza, conforme a gravidade de seu caráter. O Senhor revelara a Paulo a pureza, a devoção e a piedade que deviam ser mantidas na igreja, e ele sabia que as coisas que surgissem em oposição a isso precisavam ser reprovadas de acordo com a luz que lhe fora dada por Deus. ME3 65 3 Por que são feitas indagações -- Quando questões referentes a uma igreja são apresentadas ao meu espírito, por vezes fulgura, por assim dizer, uma luz do Céu revelando pormenores que Deus me apresentou desse caso, e quando o encargo se faz sentir em minha mente, com referência a igrejas, famílias ou indivíduos especiais, freqüentemente indago a condição das coisas na igreja, e o assunto é todo escrito antes que eu vá a essa igreja. ME3 65 4 Quero, porém, que os fatos confirmem os testemunhos, e me preocupo em saber de que modo devo expor a luz que Deus me deu. Se os erros têm manifestamente afetado a igreja, se os exemplos são de molde a desencaminhar a igreja, enfraquecê-la na fé e fortalecer a descrença, então a obra a ser feita não deve restringir-se a famílias em particular ou só a indivíduos, mas vir perante a igreja toda, para deter o mal e lançar luz no espírito dos que têm sido iludidos por obras enganosas e interpretações errôneas. ME3 66 1 Além disso, quando estou diante do povo, incide sobre mim a luz que Deus me deu no passado com referência às faces que se acham diante de mim, e sou impelida a falar pelo Espírito do Senhor. Esta é a maneira como tenho sido usada, contemplando muitos casos, e, antes de expor esses casos, quero saber se o caso é conhecido por outros; se a sua influência é de molde a prejudicar a igreja em geral. Às vezes são feitas perguntas e, por vezes, isso determina a maneira de tratar esses casos: se diante de muitos ou de poucos, ou diante das próprias pessoas. ME3 66 2 Se o caso é de tal natureza que possa ser tratado em particular, e outros não precisam sabê-lo, desejo grandemente fazer tudo que for possível para corrigi-lo e não dar publicidade à questão. -- Carta 17, 1887. ME3 66 3 Permaneço sozinha, rigorosamente sozinha -- Tenho uma declaração a ser feita. Quando o Senhor me apresenta algum assunto e instrução, e tenho uma mensagem a ser transmitida sobre o referido assunto, procuro, na medida da habilidade que Deus me deu, tornar conhecido o assunto, apresentando o pensamento e a vontade de Deus com tanta clareza como minhas capacidades humanas, guiadas e controladas pelo Espírito Santo, conseguem trazer todo o assunto diante de mim, para apresentá-lo a outros. Quanto às sérias questões que me são dadas, não tenho concedido a pessoa alguma -- homem ou mulher -- o direito de ter o menor domínio sobre minha obra que o Senhor me deu para realizar. ME3 66 4 Desde há vinte e um anos, quando fui privada de meu marido pela morte, não tenho tido a menor idéia de casar outra vez. Por quê? Não porque Deus o proibiu. Não. Mas permanecer sozinha era o melhor para mim, para que ninguém sofresse comigo ao levar avante a obra que me foi confiada por Deus. E ninguém devia ter o direito de influenciar-me de algum modo com referência a minha responsabilidade e minha obra em dar meu testemunho de animação e repreensão. ME3 67 1 Meu marido nunca me impediu de fazer isso, embora eu recebesse auxílio e animação dele, e, amiúde, sua compaixão. Tenho sentido muita, muitíssima falta de sua simpatia, orações e lágrimas! Ninguém pode compreender isto como eu mesma. Mas minha obra tem de ser efetuada. Nenhum poder humano devia causar a menor suposição de que eu seria influenciada na obra que Deus me deu para fazer em transmitir meu testemunho àqueles aos quais Ele me tem dado repreensão ou animação. ME3 67 2 Tenho estado sozinha nesta questão, rigorosamente sozinha, com todas as dificuldades e com todas as provações relacionadas com a obra. Só Deus poderia ajudar-me. A última obra que me compete realizar neste mundo logo estará concluída. Preciso expressar-me claramente, de modo que, se possível, não seja mal compreendida. ME3 67 3 Não tenho uma só pessoa no mundo que introduza alguma mensagem em minha mente ou que me imponha algum dever. Dir-lhe-ei agora, irmão F.: Quando o Senhor me dá uma incumbência para você ou para qualquer pessoa, recebê-la-ão da maneira e do modo que o Senhor a der para mim. -- Manuscrito 227, 1902. ------------------------Capítulo 9 -- Definindo o critério da irmã White e a palavra do Senhor A opinião da irmã White? ME3 68 1 A posição de que uma parte é humana e outra parte é divina -- Muitas vezes, em minha experiência, tenho sido obrigada a enfrentar a atitude de certa classe de pessoas que reconheciam que os testemunhos eram de Deus, mas adotavam a posição de que este e aquele assunto constituíam a opinião e o critério da irmã White. Isto convém aos que não gostam de repreensão e correção, e que, se suas idéias são contrariadas, têm ensejo de explicar a diferença entre o humano e o divino. ME3 68 2 Se as opiniões preconcebidas ou as idéias particulares de alguns são contrariadas ao serem reprovadas pelos testemunhos, eles têm imediatamente a preocupação de esclarecer sua posição para discriminar entre os testemunhos, definindo o que é o critério humano da irmã White e o que é a palavra do Senhor. Tudo que apóia suas idéias acariciadas é divino, e os testemunhos para corrigir seus erros são humanos -- as opiniões da irmã White. Eles invalidam o conselho de Deus por sua tradição. -- Manuscrito 16, 1889. ME3 68 3 Rejeitando virtualmente os testemunhos -- Tendes discorrido sobre as questões da maneira como as encarais, a saber, que as comunicações da irmã White não são todas do Senhor, mas uma parte é seu próprio pensamento, seu próprio critério, o qual não é melhor do que o critério e as idéias de qualquer outra pessoa. Este é um dos ganchos de Satanás para pendurar vossas dúvidas, a fim de enganar vossa alma e as almas de outros que ousarem traçar uma linha divisória nesta questão e dizer: Esta parte que me apraz é de Deus, mas aquela parte que indica e condena meu procedimento é exclusivamente da irmã White, e não traz o cunho sagrado. Desse modo rejeitastes virtualmente a totalidade das mensagens, que Deus, em Seu terno e compassivo amor, vos enviou para livrar-vos da ruína moral. ... ME3 69 1 Há Alguém detrás de mim, e é o Senhor, o qual inspirou a mensagem que agora rejeitais, e desprezais e desonrais. Tentando a Deus, enervastes a vós mesmos, e o resultado tem sido confusão e cegueira mental. -- Carta 16, 1888. ME3 69 2 Isto não é minha opinião -- Depois que vos escrevi a longa carta que foi menosprezada pelo Pastor H. como meramente uma expressão de minha própria opinião, ao passo que na Reunião Geral da Califórnia do Sul, o Senhor removeu parcialmente a restrição, e escrevo o que estou escrevendo. Não ouso dizer mais agora, para não ir além do que o Espírito do Senhor me permitiu. ME3 69 3 Quando chegou o Prof. I., fiz-lhe algumas perguntas penetrantes, mais para saber como ele encarava a condição das coisas, do que para obter informações. Percebi que chegara a crise. Se o Pastor H. e os que estavam unidos com ele houvessem permanecido na luz, teriam reconhecido a voz de advertência e repreensão; mas ele a chama de obra humana e a põe de lado. A obra que está realizando, ele desejará desfazer em breve. Está tecendo uma rede ao seu redor que não conseguirá romper com facilidade. Isto não é minha opinião. ME3 69 4 Que voz reconhecereis como a voz de Deus? Que poder o Senhor tem em reserva para corrigir vossos erros e mostrar-vos o vosso procedimento tal como é? Que poder para operar na igreja? Por vossa própria conduta fechastes todas as vias de acesso pelas quais o Senhor queria alcançar-vos. Ressuscitará Ele alguém dentre os mortos para falar-vos?... ME3 70 1 Nos testemunhos enviados a Battle Creek, eu vos transmiti a luz que Deus me deu. Em nenhum caso apresentei meu próprio critério ou opinião. Tenho o suficiente para escrever do que me foi mostrado, sem recorrer a minhas próprias opiniões. Estais procedendo como os filhos de Israel procederam reiteradas vezes. Em vez de arrepender-vos diante de Deus, rejeitais Suas palavras, e atribuís todas as advertências e repreensões à mensageira enviada pelo Senhor. -- Special Testimony for the Battle Creek Church, 50-58 (1882). ME3 70 2 Permiti-me expressar o meu pensamento, e, contudo, não o meu pensamento, mas a palavra do Senhor. -- Carta 84, 1899. Citado em Counsels to Writers and Editors, 112. ME3 70 3 Satanás ajudará os que acham que precisam discriminar -- Tenho minha obra para fazer: enfrentar os falsos conceitos dos que supõem estar em condições de dizer o que é um testemunho de Deus e o que é produção humana. Se aqueles que têm realizado essa obra continuarem nesse rumo, instrumentalidades satânicas farão a escolha por eles. ... ME3 70 4 Os que têm ajudado as almas a sentirem-se livres para especificar o que é de Deus nos Testemunhos e o que são palavras não inspiradas da irmã White, verificarão que estavam auxiliando o diabo em sua obra de engano. Tende a bondade de ler o Testemunho 33:211; Testimonies for the Church 5:682, ou Testemunhos Selectos 2:292: "Como Receber a Repreensão." -- Carta 28, 1906. ME3 70 5 Como Deus pode alcançá-los? -- Que reserva de poder tem o Senhor para alcançar os que puseram de lado Suas advertências e reprovações, e acreditam que os testemunhos do Espírito de Deus não provêm de fonte mais elevada que a sabedoria humana? No juízo, que podeis vós, que isto fazeis, apresentar a Deus como desculpa por vos terdes desviado das evidências que Ele vos tem dado de que Deus estava na obra? -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 466. ------------------------Capítulo 10 -- Quanto a ser uma mensageira inspirada ME3 71 1 Experiências como mensageira de Deus relatadas de novo -- Durante meio século tenho sido a mensageira do Senhor, e enquanto durar a minha vida continuarei a transmitir as mensagens que Deus me dá para Seu povo. Não atribuo glória a mim mesma. Em minha juventude, o Senhor me tornou Sua mensageira, para comunicar a Seu povo testemunhos de animação, advertência e repreensão. Por sessenta anos tenho estado em comunicação com mensageiros celestiais, aprendendo constantemente algo a respeito das coisas divinas e da maneira pela qual Deus está constantemente operando, a fim de conduzir almas do erro de seus caminhos para a luz na luz de Deus. ME3 71 2 Muitas almas têm sido ajudadas porque creram que as mensagens dadas a mim foram enviadas com misericórdia aos errantes. Quando vi os que necessitam de um aspecto diferente da experiência cristã, eu lhes disse isto, para seu bem-estar presente e eterno. E enquanto o Senhor poupar minha vida, realizarei fielmente o meu trabalho, quer os homens e as mulheres ouçam, e aceitem e obedeçam, quer não. A obra que tenho de fazer me é indicada claramente, e receberei graça ao ser obediente. ME3 71 3 Amo a Deus. Amo a Jesus Cristo, o Filho de Deus, e sinto intenso interesse em toda alma que pretende ser filho de Deus. Decidi ser fiel despenseira enquanto o Senhor me poupar a vida. Não fracassarei nem ficarei desalentada. ME3 72 1 Durante meses, porém, minha alma tem passado por intensa agonia por causa dos que aceitaram os sofismas de Satanás e estão comunicando os mesmos a outros, fazendo de várias maneiras toda interpretação imaginável para destruir a confiança na mensagem do evangelho para esta última geração, e na obra especial que Deus me deu para fazer. Sei que o Senhor me deu esta obra, e não tenho de apresentar desculpas pelo que realizei. ME3 72 2 Em minha experiência estou constantemente recebendo indicações do mantenedor e prodigioso poder de Deus sobre meu corpo e minha alma, que tenho dedicado ao Senhor. Não pertenço a mim mesma; fui comprada por preço e tenho tal certeza da atuação de Deus em meu favor, que preciso reconhecer Sua abundante graça. ... ME3 72 3 Por que devo queixar-me? Tantas vezes o Senhor me levantou da doença, e me tem amparado tão maravilhosamente, que nunca posso duvidar. Tenho tantas provas inconfundíveis de Suas bênçãos especiais, que não posso absolutamente duvidar. Ele me dá liberdade para expor Sua verdade perante grande número de pessoas. Não somente quando estou perante grandes congregações é-me conferido auxílio especial; mas, quando estou usando minha pena, são-me concedidas maravilhosas representações do passado, do presente e do futuro. -- Carta 86, 1906. ME3 72 4 Palavras e facilidade de expressão -- De todas as preciosas promessas que Deus me tem dado a respeito de minha obra, nenhuma é mais preciosa para mim do que esta: que Ele me daria palavras e facilidade de expressão aonde quer que eu tivesse de ir. Em lugares nos quais havia a maior oposição, toda língua foi silenciada. Tenho proferido a clara mensagem a nosso próprio povo e à multidão, e minhas palavras têm sido aceitas como provenientes do Senhor. -- Carta 84, 1909. ME3 73 1 A mensagem de Ellen G. White é coerente através dos anos -- A reunião no domingo à tarde foi freqüentada por muitos dos cidadãos de Battle Creek. Eles prestaram a máxima atenção. Nessa reunião tive a oportunidade de declarar decididamente que minhas opiniões não mudaram. A bênção do Senhor repousou sobre muitos dos que ouviram as palavras proferidas. Eu disse: "Talvez estejais ansiosos por saber o que crê a Sra. White. Vós a tendes ouvido falar muitas vezes. ... Ela tem de realizar o mesmo serviço para o Mestre que tinha de fazer quando dirigiu a palavra ao povo de Battle Creek anos atrás. Recebe lições do mesmo Instrutor. Eis as ordens que lhe são dadas: 'Escreva as mensagens que Eu lhe dou, para que o povo possa tê-las.' Essas mensagens têm sido escritas da maneira como Deus as transmitiu para mim." -- Carta 39, 1905. ME3 73 2 A confiança de E. G. White na fonte divina de suas revelações -- Que batalha sou obrigada a travar! Meus irmãos parecem julgar que tomo posições que não são necessárias. Não percebem que Deus, em Sua própria sabedoria, fez revelações para mim que não podem ser contraditadas ou contestadas com êxito. Nada pode apagar aquilo que me tem sido apresentado e que foi gravado nas tábuas de minha alma. Todas as oposições ou contradições para invalidar o meu testemunho apenas me compelem, pela instância do Espírito de Deus, a mais decidida repetição e a insistir na luz revelada com toda a intensidade da força que Deus me tem dado. -- Manuscrito 25, 1890. ME3 73 3 Enfrentar o perigo positivamente -- Satanás continuará a introduzir suas teorias errôneas e a afirmar que seus sentimentos são corretos. Espíritos sedutores estão em atividade. Devo enfrentar o perigo positivamente, negando o direito de alguém usar meus escritos para servir ao desígnio do diabo, de seduzir e enganar o povo de Deus. O Senhor poupou-me a vida para que eu possa apresentar os testemunhos que me foram dados, a fim de vindicar o que Deus vindica e denunciar todo vestígio dos sofismas de Satanás. Uma coisa seguirá a outra nos sofismas espirituais, para enganar, se possível, os próprios eleitos. -- Manuscrito 126, 1905. ME3 74 1 Impassível diante da oposição -- Poderá ser feita a maior invectiva contra mim; ela não causará, porém, a menor alteração em minha missão ou em minha obra. Tivemos de enfrentar isto reiteradas vezes. O Senhor me deu a mensagem quando eu tinha apenas 17 anos de idade. ... A mensagem que o Senhor me deu para ser transmitida tem sido uma linha reta de luz para luz, para cima e para a frente, de verdade para verdade avançada. -- Manuscrito 29, 1897. ME3 74 2 Nenhuma reivindicação do título de "profetisa" -- Durante o discurso [em Battle Creek, 2 de Outubro de 1904], eu disse que não reclamava ser profetisa. Alguns ficaram surpreendidos ante esta declaração, e como tanto se está falando sobre isto, darei uma explicação. Outros me têm chamado profetisa, eu, porém, nunca me atribuí esse título. Não tenho sentido que fosse meu dever designar-me assim. Os que se arrogam ousadamente serem profetas nesses nossos dias são muitas vezes um vitupério à causa de Cristo. ME3 74 3 Minha obra inclui muito mais do que esse nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo. -- Carta 55, 1905. Em Mensagens Escolhidas 1:35, 36. ME3 74 4 A obra de um profeta e mais -- Sou agora instruída de que não devo ser estorvada em meu trabalho pelos que se empenham em suposições acerca de sua natureza, cuja mente está lutando com tantos problemas intrincados em relação com a suposta obra de um profeta. Minha comissão abrange a obra de um profeta, mas não finda aí. Compreende muito mais do que pode entender a mente dos que têm estado a semear as sementes da incredulidade. -- Carta 244, 1906. Dirigida aos anciãos da igreja de Battle Creek; ver Mensagens Escolhidas 1:34-36. ME3 74 5 Nenhuma vindicação pessoal -- Meu coração sente-se muito triste porque os irmãos J. e K. tomaram a posição adotada por eles. ... Talvez pergunteis: "Que efeito tem isso sobre a irmã?" Tristeza somente, tristeza de alma, mas paz e perfeito descanso e confiança em Jesus. Para vindicar a mim mesma, a minha posição ou a minha missão, eu não proferiria dez palavras. Não procuraria dar evidências de minha obra. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. -- Carta 14, 1897. ME3 75 1 Deixando as conseqüências com Deus -- Por vezes sou grandemente oprimida no período noturno. Levanto-me de minha cama e ando pelo quarto, orando que o Senhor me ajude a suportar o fardo e a não dizer nada para fazer o povo crer que a mensagem que Ele me deu é verdadeira. Quando posso depor este fardo sobre o Senhor, sou realmente livre. Desfruto uma paz que não consigo expressar. Sinto-me elevada, como se fosse carregada pelos braços eternos, e minha alma se enche de paz e alegria. ME3 75 2 Repetidas vezes sou lembrada de que não devo procurar remover a confusão e a contradição de fé e sentimento e a descrença que são expressos. Não devo ficar deprimida, mas proferir as palavras do Senhor com autoridade, deixando então com Ele todas as conseqüências. ME3 75 3 Sou instruída pelo Grande Médico a falar a palavra que o Senhor me dá, quer os homens ouçam ou deixem de ouvir. Foi-me declarado que nada tenho que ver com as conseqüências, e que Deus, o próprio Senhor Jeová, me conservará em perfeita paz se eu descansar em Seu amor e realizar a obra que Ele me deu. -- Carta 146, 1902. ME3 75 4 Não confessaria os pecados conhecidos apenas pelas pessoas envolvidas -- Seus irmãos, ou muitos deles, não conhecem aquilo que só você mesmo e o Senhor sabem. ... Resolvi que não confessarei os pecados daqueles que professam crer na verdade, mas deixar que essas coisas sejam confessadas por eles. -- Carta 113, 1893. ME3 75 5 E. G. White beneficiada pela mensagem dada -- Almejo falar a grandes congregações, sabendo que a mensagem não é de mim mesma, mas aquilo que o Senhor inculca em meu espírito, levando-me a proferi-lo. Nunca fico sozinha quando estou diante do povo com uma mensagem. Quando perante o povo, parecem ser-me apresentadas as mais preciosas coisas do evangelho, e participo da mensagem do evangelho e me alimento da Palavra tanto quanto qualquer dos ouvintes. Os sermões me fazem bem, pois tenho novas representações toda vez que abro os lábios para falar ao povo. ME3 76 1 Não posso duvidar de minha missão, pois sou participante nos privilégios, e sou nutrida e vivificada, sabendo que sou chamada à graça de Cristo. Toda vez que apresento a verdade ao povo e chamo sua atenção para a vida eterna que Cristo possibilitou que obtivéssemos, sou tão favorecida como eles com as mais grandiosas descobertas da graça e do amor e do poder de Deus em favor de Seu povo, em justificação e reconciliação com Deus. -- Manuscrito 174, 1903. ME3 76 2 O privilégio de ser a mensageira de Deus -- Sou muito grata porque o Senhor me deu o privilégio de ser Sua mensageira para comunicar preciosas verdades a outros. -- Carta 80, 1911. Após a morte de Ellen White ME3 76 3 Os escritos de E. G. White devem continuar a testemunhar -- Devo traçar este testemunho no papel, para que, se eu dormir em Jesus, o testemunho da verdade ainda possa ser dado. -- Carta 116, 1905. ME3 76 4 Falar até o fim -- Abundante luz tem sido comunicada a nosso povo nestes últimos dias. Seja ou não poupada a minha vida, meus escritos falarão sem cessar, e sua obra irá avante enquanto o tempo durar. Meus escritos são conservados em arquivo no escritório, e mesmo que eu não deva viver, essas palavras que me têm sido dadas pelo Senhor terão vida ainda e falarão ao povo. -- Carta 371, 1907. Publicada em Mensagens Escolhidas 1:55. ME3 76 5 As mensagens terão maior força após a morte da profetisa -- Fisicamente, sempre tenho sido como um vaso quebrado; e, contudo, em minha velhice, o Senhor continua a influir sobre mim, pelo Seu Santo Espírito, para escrever os livros mais importantes já apresentados às igrejas e ao mundo. O Senhor está evidenciando o que Ele pode realizar por meio de frágeis recipientes. Usarei a vida poupada por Ele para Sua glória. E, quando Ele achar conveniente deixar que eu descanse, Suas mensagens terão ainda mais força vital do que quando vivia a débil instrumentalidade por meio de quem elas foram transmitidas. -- Manuscrito 122, 1903. ------------------------Capítulo 11 -- A recepção das mensagens ME3 78 1 Mensagens de encorajamento, advertência e repreensão -- Durante meio século tenho sido a mensageira do Senhor, e enquanto durar a minha vida continuarei a transmitir as mensagens que Deus me dá para Seu povo. Não atribuo nenhuma glória a mim mesma; em minha juventude o Senhor tornou-me Sua mensageira, para comunicar a Seu povo testemunhos de encorajamento, advertência e repreensão. Por sessenta anos tenho estado em comunicação com mensageiros celestiais e constantemente tenho aprendido algo a respeito das coisas divinas e da maneira pela qual Deus opera constantemente para conduzir almas do erro de seus caminhos para a luz na luz de Deus. -- Carta 86, 1906. ME3 78 2 Alguns aceitam, outros rejeitam -- Tenho de fazer uma obra em favor dos que querem ser ajudados, mesmo que a luz concedida não se harmonize com suas idéias. Eles reconhecerão a luz proveniente de Deus, porque possuem os frutos da obra que aprouve ao Senhor realizar por meio de Seu humilde instrumento nos últimos quarenta e cinco anos. Eles reconhecem que esta obra é de Deus, e estão, portanto, dispostos a ser corrigidos em suas idéias e a mudar seu procedimento. ME3 78 3 Aqueles, porém, que querem manter e reter suas próprias idéias e, ao serem corrigidos, inferem que a irmã White é influenciada a adotar determinada linha de procedimento que não está em harmonia com as idéias deles..., não podem ser beneficiados. Eu não consideraria tais amigos como tendo algum valor num lugar difícil, especialmente numa crise. Tendes agora a minha opinião. Não quero fazer a obra de Deus de maneira descuidada. Desejo saber qual é o dever e agir em harmonia com o Espírito de Deus. -- Carta 3, 1889. ME3 79 1 Carta de Ellen White: uma mensagem de Deus -- Você pergunta se o Senhor me deu aquela carta para você. Digo que sim. O Santo Deus de Israel não condescenderá com os seus pecados. Aquela mensagem foi dada por Deus. Se você tem tido, desde que foi dada aquela mensagem, um novo senso do que constitui pecado, se realmente se converteu, um filho de Deus em vez de ser um transgressor de Sua lei, então ninguém ficará mais contente do que eu. -- Carta 95, 1893. ME3 79 2 A veracidade dos testemunhos é reconhecida publicamente -- Falei ao povo [em Bloomfield, Califórnia] de manhã, a respeito da necessidade de serem removidos os defeitos de seu caráter, para que permaneçam inculpáveis diante do Filho de Deus quando Ele aparecer. Houve profunda emoção na reunião. Dirigi-me pessoalmente a diversas pessoas, indicando os erros que haviam sido mostrados em seus casos. Todos eles se mostraram sensíveis, e muitos, chorando, confessaram seus pecados e a veracidade do testemunho. -- Carta 7, 1873. ME3 79 3 Interpretado à luz de posições preconcebidas -- Há muitos que interpretam o que eu escrevo à luz de suas próprias opiniões preconcebidas. Sabeis o que isto significa. Uma divisão na compreensão e opiniões divergentes são o infalível resultado. ME3 79 4 Como escrever de maneira a ser compreendida por aqueles a quem dirijo importante assunto, constitui um problema que não consigo resolver. Mas procurarei escrever muito menos. Devido à influência de uma mente sobre a outra, os que compreendem mal podem levar outros a fazer a mesma coisa, pela interpretação que dão aos assuntos de minha pena. Um os interpreta como acha que devem ser, de acordo com suas idéias. Outro dá sua explicação ao assunto escrito, e a confusão é o infalível resultado. -- Carta 96, 1899. ME3 80 1 Aceitação parcial -- Por muitos meses, exceto algumas noites, não tenho conseguido dormir depois da uma hora da madrugada. Encontro-me sentada em conversação com você e outros, instando com você como uma mãe instaria com o seu filho. ... ME3 80 2 Você certamente está surpreso, como eu esperava que estivesse, de eu lhe escrever de maneira tão clara e decidida. Mas tenho de fazê-lo, pois fui feita despenseira da graça de Cristo, e devo cumprir esta incumbência para o Senhor. Talvez você se sinta muito satisfeito consigo mesmo. Talvez negue a representação que me foi dada de seu caso. Alguns estão fazendo isto hoje em dia. ... ME3 80 3 Esta é a razão por que homens e mulheres nem sempre vêem seus erros e faltas, mesmo quando estes lhes são indicados. Alegam crer nos testemunhos que lhes são dirigidos, até chegar a mensagem de que precisam modificar seus planos e métodos, que sua edificação do caráter tem de ser completamente diferente, senão a tempestade e a tormenta a removerão de seu fundamento. Então o inimigo os induz a se justificarem a si mesmos. ME3 80 4 Depois de ler esta mensagem, você certamente será tentado a dizer: "Isto não é assim. Não sou como fui representado aqui. Alguém encheu a mente da irmã White com uma porção de coisas desabonadoras a meu respeito." Mas eu lhe digo em nome do Senhor que as palavras deste escrito são de Deus. Se você resolver encarar a questão deste modo, demonstrará a medida de sua fé na obra que o Senhor incumbiu Sua serva de realizar. -- Carta 13, 1902. ME3 80 5 As partes que condenam condescendências favoritas -- Há alguns crentes professos que aceitam certas partes dos testemunhos como mensagem de Deus, ao passo que rejeitam as partes que condenam suas condescendências favoritas. Tais pessoas militam contra seu próprio bem-estar e contra o bem-estar da Igreja. É essencial que andemos na luz enquanto temos a luz. -- Manuscrito 71, 1908. ME3 81 1 Menosprezar as mensagens -- Freqüentemente não espero dizer as coisas que digo quando estou falando diante do povo. Deus poderá dar-me palavras de repreensão, de advertência ou de encorajamento, como Ele achar conveniente, para o benefício de almas. Falarei essas palavras, e elas talvez interrompam o caminho de meus irmãos aos quais amo e respeito sinceramente na verdade. ME3 81 2 Espero que essas palavras sejam torcidas e deturpadas pelos descrentes, e isto não constitui uma surpresa para mim. Mas, isso de meus irmãos, que estão familiarizados com minha missão e com minha obra, menosprezarem a mensagem que Deus me incumbe de transmitir, entristece Seu Espírito. ME3 81 3 É desalentador para mim que eles escolham certas partes nos testemunhos que lhes agradam, a fim de usá-las para justificar seu próprio procedimento, dando a impressão que aceitam essa parte como a voz de Deus, e, então, quando chegam outros testemunhos que repreendem sua conduta, quando são proferidas palavras que não coincidem com suas opiniões e critério, eles desonram a obra de Deus dizendo: "Oh, isto nós não aceitamos, pois é apenas a opinião da irmã White, e não é melhor do que minha opinião ou a de qualquer outra pessoa." -- Carta 3, 1889. ME3 81 4 Procurando palavras a que é atribuída interpretação humana -- Tenho consciência do fato de que sou mortal e preciso proteger minhas faculdades físicas, mentais e morais. A constante mudança dum lugar para outro, requerida pelas viagens, e a realização de trabalhos públicos onde quer que tenho ido têm sido demasiados para mim, além dos escritos que estou preparando dia e noite, segundo o Senhor influencia minha mente por Seu Santo Espírito. ME3 81 5 E quando deparo com evidências de que essas comunicações serão tratadas por alguns de acordo com o critério humano dos que irão recebê-las, quando percebo que alguns procuram intensamente algumas palavras que tenham sido traçadas por minha pena e a que possam atribuir suas interpretações humanas, a fim de manter suas posições e justificar um procedimento errôneo -- quando penso nestas coisas, não é muito animador continuar escrevendo. ME3 82 1 Alguns dos que indubitavelmente são repreendidos, procuram fazer com que toda palavra vindique suas próprias declarações. As torceduras e cavilações, as deturpações e o mau emprego da Palavra são assombrosos! As pessoas se associam nessa obra. O que um indivíduo não imagina é suprido por outra mente. -- Carta 172, 1906. ME3 82 2 Torcendo as escrituras e os testemunhos -- As lições de Cristo eram com freqüência interpretadas erroneamente, não porque Ele não as tornasse claras, mas porque a mente dos judeus, como a mente de muitos que afirmam crer neste tempo, estava cheia de preconceitos. Porque Cristo não tomava o partido dos escribas e fariseus, eles O odiavam, opunham-se a Ele, procuravam frustrar-Lhe os esforços e invalidar Suas palavras. ME3 82 3 Por que os homens não querem ver e viver a verdade? Muitos estudam as Escrituras com a finalidade de provar que suas próprias idéias são corretas. Alteram o sentido da Palavra de Deus para que corresponda a suas próprias opiniões. E procedem também assim com os testemunhos enviados por Ele. Citam metade de uma frase, e omitem a outra metade, a qual, se fosse citada, mostraria que o seu raciocínio é falso. Deus tem uma controvérsia com os que torcem as Escrituras, fazendo com que se ajustem a suas idéias preconcebidas. -- Manuscrito 22, 1890. ME3 82 4 Palavras torcidas e mal compreendidas -- Parece ser impossível que eu seja compreendida pelos que possuem a luz mas não têm andado nela. O que eu disse em conversações particulares é repetido de tal maneira que signifique exatamente o oposto ao que eu queria dizer, caso os ouvintes fossem santificados na mente e espírito. Tenho receio de falar até com os meus amigos; pois depois eu ouço: A irmã White disse isto; ou: A irmã White disse aquilo. ME3 82 5 Minhas palavras são tão torcidas e desvirtuadas que estou chegando à conclusão de que o Senhor deseja que me afaste das grandes reuniões e rejeite as entrevistas particulares. Aquilo que eu digo é relatado de um modo tão deturpado que se torna novo e estranho para mim. É mesclado com palavras proferidas por homens para apoiar suas próprias teorias. -- Carta 139, 1900. ME3 83 1 Desde o começo uma voz em nosso meio -- Solicitamos que você tome sua posição ao lado do Senhor e desempenhe sua parte como súdito leal do reino. Reconheça o dom que tem sido colocado na Igreja para a orientação do povo de Deus nos dias finais da história terrestre. Desde o princípio a Igreja de Deus tem tido o dom de profecia em seu meio como viva voz para aconselhar, admoestar e instruir. ME3 83 2 Chegamos agora aos últimos dias da obra da mensagem do terceiro anjo, quando Satanás operará com crescente poder porque sabe que seu tempo é curto. Ao mesmo tempo, nos advirão, por meio dos dons do Espírito Santo, diversidades de operações no derramamento do Espírito. Este é o tempo da chuva serôdia. -- Carta 230, 1908. ME3 83 3 É derribada a barreira protetora -- O inimigo tem envidado seus magistrais esforços para abalar a fé de nosso próprio povo nos Testemunhos, e quando aparecem esses erros eles pretendem provar todas as posições pela Bíblia, mas interpretam mal as Escrituras. Fazem afirmações ousadas, como foi o caso do Pastor Canright, e deturpam as profecias e as Escrituras para provar a falsidade. E, depois de enfraquecerem a confiança de nossas igrejas nos Testemunhos, os homens têm derribado a barreira, para que a descrença na verdade se torne muito difundida e não haja nenhuma voz que possa erguer-se para deter a força do erro. ME3 83 4 Isto é exatamente como Satanás tencionava que fosse, e os que têm preparado o caminho para o povo não dar atenção às advertências e repreensões dos Testemunhos do Espírito de Deus verão surgir uma torrente de erros de toda a espécie. Reivindicarão a Escritura como sua prova, e prevalecerão os enganos de Satanás sob toda a forma. -- Carta 109, 1890. ME3 83 5 Protegidos contra os sedutores embustes de Satanás -- Os homens poderão apresentar um ardil após o outro, e o inimigo procurará desviar as almas da verdade, mas todos os que crêem que o Senhor tem falado por intermédio da irmã White, e lhe tem dado uma mensagem, estarão livres dos muitos embustes que surgirão nestes últimos dias. -- Carta 50, 1906. ME3 84 1 Não estais traindo a mim, mas ao Senhor -- Tenho procurado cumprir meu dever para convosco e para com o Senhor Jesus, a quem eu sirvo e cuja causa eu amo. Os testemunhos que vos tenho dado na realidade me foram apresentados pelo Senhor. Lamento que tenhais rejeitado a luz concedida. ... ME3 84 2 Estais traindo vosso Senhor porque em Sua grande misericórdia Ele vos mostrou exatamente onde vos encontrais espiritualmente? Ele conhece todo desígnio do coração. Nada Lhe é oculto. Não estais traindo a mim. Não é contra mim que estais tão exasperados. É contra o Senhor, o qual me deu uma mensagem a ser transmitida para vós. -- Carta 66, 1897. ME3 84 3 Abandonando a fé nos testemunhos -- Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus. ME3 84 4 Está sendo feito o apelo para maior consagração e serviço mais santo, e continuará a ser feito. -- Carta 156, 1903. Dois exemplos típicos ME3 84 5 1. Testemunho pessoal recebido de bom grado -- Voltamos em 12 de Dezembro [de 1892]. Ao anoitecer do dia seguinte, o irmão Faulkhead veio falar comigo. O fardo de seu caso incidia sobre o meu espírito. Eu lhe disse que tinha uma mensagem para ele e sua esposa, que preparei diversas vezes para enviar-lhes, mas achei que o Espírito do Senhor me proibia de fazê-lo. Pedi que ele marcasse uma hora em que pudesse vê-los. ME3 85 1 Ele respondeu: "Estou contente porque a senhora não me enviou uma comunicação escrita; prefiro receber a mensagem de seus lábios; se ela viesse de outra maneira, penso que não me teria feito algum bem." Ele perguntou então: "Por que não me transmite a mensagem agora?" Eu disse: "Pode ficar para ouvi-la?" Ele replicou que faria isso. ME3 85 2 Eu estava muito cansada, pois assistira às solenidades de encerramento da escola aquele dia; mas levantei-me da cama em que estava deitada e li algo para ele durante três horas. Seu coração abrandou-se, havia lágrimas nos olhos, e quando eu terminei de ler, ele disse: "Aceito cada palavra; tudo isso se refere a mim." ME3 85 3 Grande parte do assunto que eu havia lido se relacionava com o Escritório Eco [editora australiana] e sua administração desde o começo. O Senhor também me revelou a conexão do irmão Faulkhead com os maçons, e afirmei claramente que se ele não rompesse todo laço que o prendia a essas associações, perderia sua alma. ME3 85 4 Ele disse: "Aceito a luz que o Senhor me enviou por seu intermédio. Agirei de acordo com ela. Sou membro de cinco lojas maçônicas e três outras estão sob a minha direção. Efetuo todas as suas transações comerciais. Agora não assistirei mais a suas reuniões e terminarei minhas relações comerciais com eles o mais depressa possível." ME3 85 5 Repeti-lhe as palavras proferidas por meu guia com referência a tais associações. Fazendo um certo movimento realizado por meu guia, eu disse: "Não posso relatar tudo que me foi apresentado." O irmão Faulkhead contou ao Pastor Daniells e a outros que eu fiz o sinal especial conhecido apenas pela ordem mais elevada dos maçons, na qual ele acabara de ingressar. Ele disse que eu não conhecia o sinal e não estava inteirada de que fazia o sinal para ele. Isto constituía uma prova especial para ele de que o Senhor estava operando por meu intermédio para salvar-lhe a alma. -- Carta 46, 1892. ME3 85 6 2. Um irmão e o visitante ao acampamento -- Levei alguns de nossos irmãos para um lado em nossa tenda [na reunião campal de Milton, Washington] e li o assunto que eu escrevera três anos antes, a respeito de sua conduta. Eles haviam prometido alguma coisa à Associação Geral e retiraram tudo o que tinham dito. Li para eles testemunhos diretos, claros e incisivos, mas eis em que consistia a dificuldade: eles não sentiam nenhuma obrigação de crer nos Testemunhos. O irmão L. fora um dos componentes do Grupo Marion quando ele residia em LaPort, Iowa, e o que devia ser feito com essa gente era um mistério. Não havia nenhum pastor ou sua mensagem que eles respeitassem acima de seu próprio critério. A questão era como fazer com que alguma coisa tivesse influência sobre eles. Só podíamos orar e trabalhar por eles como se acreditassem em cada palavra do testemunho, sendo, porém, tão cautelosos como se fossem descrentes. ... ME3 86 1 Sábado de manhã [7 de Junho de 1884] fui à reunião e o Senhor me deu um testemunho diretamente para eles, de maneira completamente inesperada para mim. Eu o derramei sobre eles, mostrando-lhes que o Senhor enviou Seus ministros com uma mensagem, e a mensagem trazida por eles era o próprio meio ordenado por Deus para alcançá-los, mas eles sentiam-se livres para dilacerá-la e invalidar a Palavra de Deus. ... ME3 86 2 Sábado, 14 de junho -- Tivemos reuniões que seriam lembradas por muito tempo. Sábado de manhã falou o irmão [J. N.] Loughborough. Eu falei à tarde. O Senhor me ajudou. Então eu os convidei a vir à frente. Trinta e cinco atenderam ao apelo. Eram pela maior parte rapazes e moças, e homens e mulheres idosos. Tivemos uma reunião muito valiosa. Alguns que haviam abandonado a verdade voltaram com arrependimento e confissão. Muitos estavam dando o primeiro passo. O Senhor mesmo Se achava ali. Isto parecia desfazer o preconceito, e foram dados testemunhos enternecedores. Tivemos um recesso, e então começamos de novo, e a boa obra prosseguiu. ... ME3 86 3 Sexta-feira à tarde eu li um assunto importante escrito três anos atrás. Este foi reconhecido como sendo de Deus. Os testemunhos foram aceitos calorosamente e houve confissões de grande valor para os transgressores. -- Carta 19, 1884. ------------------------Capítulo 12 -- Auxiliares literários no trabalho de Ellen G. White ME3 89 1 Tiago White e outros ajudaram -- Enquanto meu marido viveu, desempenhou o papel de ajudador e conselheiro no envio das mensagens que me eram dadas. Viajávamos longamente. Por vezes eram-me concedidos esclarecimentos durante a noite, outras, de dia, perante grandes congregações. As instruções recebidas em visão eram fielmente escritas por mim, segundo eu tinha tempo e forças para a obra. Posteriormente examinávamos juntos o assunto, meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as repetições desnecessárias. Então elas eram cuidadosamente copiadas para a pessoa a quem se dirigiam, ou para o prelo. ME3 89 2 À medida que a obra aumentou, outros me auxiliaram no preparo da matéria para publicação. Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem publicados. ME3 89 3 As notícias que têm circulado, porém, de que qualquer de minhas auxiliares tenha permissão de acrescentar matéria ou mudar o sentido das mensagens que escrevo, não são reais. -- Carta 225, 1906, publicada em 1913 em Writing and Sending Out of the Testimonies for the Church, 4; Mensagens Escolhidas 1:50. ME3 89 4 Sentimento de insuficiência de E. G. White em 1873 -- Esta manhã tomo os meus escritos em franca consideração. Meu marido está muito fraco para ajudar-me a prepará-los para o prelo, portanto não lidarei mais com eles no presente. Não sou um erudito. Não posso preparar meus próprios escritos para o prelo. Não escreverei mais até que possa fazer isso. Não é meu dever sobrecarregar a outros com os meus manuscritos. -- Manuscrito 3, 1873; Diário, 10 de Janeiro de 1873. ME3 90 1 Resolveu desenvolver suas habilidades literárias -- Descansamos bem a noite passada. Este sábado de manhã se apresenta nublado. Meu espírito está chegando a conclusões estranhas. Estou pensando que preciso deixar de lado os meus escritos em que tenho tido tanto prazer, e ver se posso tornar-me uma pessoa erudita. Não sou um gramático. Procurarei, se o Senhor me ajudar, aos quarenta e cinco anos de idade, tornar-me versada nessa ciência. Deus me auxiliará. Creio que Ele o fará. -- Manuscrito 3, 1873; Diário, 11 de Janeiro de 1873. ME3 90 2 Senso de insuficiência em 1894 -- Agora preciso deixar este assunto tão imperfeitamente apresentado que receio interpreteis mal aquilo que me sinto tão ansiosa de tornar claro. Oxalá Deus avive o entendimento, pois sou apenas uma pobre escritora, e não posso com a pena ou a voz expressar os grandes e profundos mistérios de Deus. Oh, orai por vós mesmos, orai por mim! -- Carta 67, 1894. ME3 90 3 Refutando boatos de modificações nos escritos -- Vistes as minhas copistas. Elas não modificam minha linguagem. Ela permanece assim como escrevo. ... ME3 90 4 Minha obra tem estado no campo desde 1845. Desde então, sempre tenho labutado com a pena e a voz. Tenho recebido crescente luz ao comunicar a luz que me foi dada. Possuo muito mais luz sobre as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, que pretendo apresentar a nosso povo. -- Carta 61a, 1900. ME3 90 5 Leitura final de todas os escritos publicados e não publicados -- Ainda sou tão ativa como sempre. De maneira alguma sou decrépita. Consigo realizar muito trabalho, escrevendo e falando como fazia anos atrás. ME3 90 6 Leio do princípio ao fim tudo que é copiado, para ver que tudo esteja como deve estar. Leio todos os originais dos livros antes de serem enviados para o prelo. Podeis ver, portanto, que meu tempo precisa ser muito bem aproveitado. Além de escrever, sou convidada a falar a diversas igrejas e a assistir a reuniões importantes. Eu não poderia realizar este trabalho sem que o Senhor me ajudasse. -- Carta 133, 1902. O trabalho de Mariana Davis ME3 91 1 Srta. Davis, uma auxiliar fiel -- Mariana esteve comigo por uns vinte e cinco anos. Ela foi minha principal obreira na organização do assunto para meus livros. Sempre prezou os escritos como algo sagrado colocado em suas mãos, e muitas vezes me relatava que conforto e bênção recebia na realização desse trabalho, e que efetuá-lo era sua saúde e sua vida. Ela sempre tratou os assuntos colocados em suas mãos como sagrados. Sentirei muita falta dela. Quem ocupará o seu lugar? -- Manuscrito 146, 1904. ME3 91 2 Mariana é minha compiladora de livros -- O trabalho de Mariana é de uma índole completamente diferente. Ela é minha compiladora de livros. Fanny [Bolton] nunca foi minha compiladora de livros. Como são feitos os meus livros? Mariana não apresenta nenhuma reivindicação por reconhecimento. ME3 91 3 Ela realiza seu trabalho desta maneira: Toma meus artigos que são publicados nas revistas e cola-os em livros em branco. Também possui uma cópia de todas as cartas que escrevo. Ao preparar um capítulo para um livro, Mariana se lembra de que eu escrevi alguma coisa sobre esse ponto especial, que talvez torne o assunto mais convincente. Ela começa a procurá-lo, e se, ao encontrá-lo, percebe que isso tornará o capítulo mais claro, acrescenta-o a ele. ME3 91 4 Os livros não são produções de Mariana, porém minhas, tirados de todos os meus escritos. Mariana tem vasto campo de que colher, e sua habilidade em arranjar a matéria é de grande valor para mim. Ela me poupa o ficar atenta a uma massa de escritos, o que não tenho tempo de fazer. ME3 91 5 Podeis compreender, portanto, que Mariana constitui valiosíssimo auxílio para mim na publicação de meus livros. Fanny não tinha nada que ver com esse trabalho. Mariana leu capítulos para ela, e Fanny às vezes fez sugestões quanto ao arranjo do assunto. ME3 92 1 Esta é a diferença entre as obreiras. Como já declarei, Fanny foi rigorosamente proibida de trocar minhas palavras por suas palavras. Da maneira que são proferidas pelos instrumentos celestiais, as palavras são severas em sua simplicidade; e eu procuro expor os pensamentos numa linguagem tão simples que uma criança possa compreender toda palavra proferida. As palavras de alguma outra pessoa não me representariam corretamente. ME3 92 2 Escrevi tão detalhadamente para que possais compreender o assunto. Fanny pode alegar que ela fez os meus livros, mas não é assim. Este tem sido o setor de Mariana, e seu trabalho está muito à frente de qualquer trabalho que Fanny tenha realizado para mim. -- Carta 61a, 1900. ME3 92 3 A cautela de Mariana enquanto lidava com Patriarcas e Profetas, em 1889 -- Willie [G. C. White] está em reunião de manhã cedo até tarde da noite, ideando e planejando para a realização de melhor e mais eficiente obra na Causa de Deus. Nós só o vemos à mesa. ME3 92 4 Mariana recorre a ele em pequenas questões que, segundo parece, ela poderia resolver por si mesma. Ela é nervosa e apressada, e ele está tão extenuado que tem de cerrar os dentes e controlar os nervos da melhor maneira que pode. Conversei com ela e lhe disse que precisava resolver por si mesma muitas coisas que estava levando a Willie. ME3 92 5 A mente dela está em cada ponto e suas conexões, e a mente dele tem avançado a custo através de uma variedade de assuntos difíceis até ficar com o cérebro num turbilhão, e então seu espírito de modo algum se acha preparado para tratar dessas pequenas minúcias. Ela mesma tem de arcar com algumas dessas coisas referentes a sua parte na obra, e não apresentá-las a ele, nem afligir-lhe o espírito com elas. Às vezes penso que ela acabará matando a nós dois, desnecessariamente, com suas coisinhas que pode resolver tão bem por si mesma como se as apresentasse a nós. Quer que vejamos toda pequena modificação de uma palavra. -- Carta 64a, 1889. ME3 93 1 Seu fiel serviço grandemente apreciado -- Sinto-me muito grata pela ajuda da irmã Mariana Davis na produção de meus livros. Ela colhe materiais de meus diários, de minhas cartas e dos artigos publicados nas revistas. Aprecio grandemente seu fiel serviço. Ela está comigo há vinte e cinco anos, e constantemente tem adquirido maior habilidade para o trabalho de classificar e agrupar meus escritos. -- Carta 9, 1903. ME3 93 2 Trabalhamos juntas, sim trabalhamos juntas -- Mariana, minha auxiliar, fiel e leal em seu trabalho como a bússola ao pólo, está morrendo. ... ME3 93 3 Partirei amanhã para Battle Creek. Minha alma é, porém, atraída para a moça moribunda que labutou para mim durante os últimos vinte e cinco anos. Estivemos lado a lado na obra, e em perfeita harmonia nessa obra. E quando juntava os preciosos fragmentos que tinham aparecido em revistas e livros e os apresentava a mim, ela dizia: "Agora está faltando alguma coisa. Eu não posso supri-la." Eu examinava o que era, e num momento conseguia achar o fio da meada. ME3 93 4 Trabalhamos juntas, sim trabalhamos juntas em perfeita harmonia durante todo esse tempo. Ela está morrendo. E é por dedicação ao trabalho. Ela sente a intensidade dele como sendo uma realidade, e nós duas assumimos o encargo de fazer com que cada parágrafo estivesse em seu devido lugar e cumprisse a parte que lhe corresponde. -- Manuscrito 95, 1904. ------------------------Capítulo 13 -- Os testemunhos para a igreja ME3 94 1 Visão de 1855 publicada no primeiro testemunho -- Em 20 de Novembro de 1855, enquanto me achava em oração, o Espírito do Senhor veio súbita e poderosamente sobre mim, e fui arrebatada em visão. Vi que o Espírito do Senhor tem estado a extinguir-Se na Igreja. -- Testimonies for the Church 1:113; Testemunhos Selectos 1:29. ME3 94 2 Enviada pela autora sem modificações -- Enviei (com porte pago) aos irmãos em diversos Estados cerca de 150 exemplares do "Testemunho Para a Igreja". Poderão obtê-lo dirigindo-se a mim em Battle Creek, Michigan. Ficarei contente em receber notícias dos que o receberem. Os que quiserem fomentar a circulação de tal matéria podem fazê-lo ajudando em sua publicação. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1855. ME3 95 1 Condensação dos primeiros dez testemunhos em forma de panfleto reeditada em 1864 -- Durante os últimos nove anos, de 1855 a 1864, escrevi dez opúsculos intitulados Testemunho Para a Igreja, que foram publicados e postos em circulação entre os adventistas do sétimo dia. Achando-se esgotada a primeira edição da maioria desses panfletos, e havendo crescente procura dos mesmos, foi considerado melhor reeditá-los, como é feito nas páginas que seguem, com omissão de assuntos locais e pessoais, e dando somente as partes que são de interesse e importância práticos e gerais. A maior parte do Testemunho N. 4 encontra-se no segundo volume de Spiritual Gifts, e por isso é omitido neste volume. -- Spiritual Gifts 4b, ii. ME3 95 2 São publicados testemunhos individuais -- Visto as advertências e instruções ministradas por meio de testemunhos a casos individuais se aplicarem com igual propriedade a muitos outros que não foram neles especialmente mencionados, pareceu-me um dever publicar esses testemunhos individuais em benefício da Igreja. ... ME3 95 3 Não conheço melhor meio de apresentar o meu modo de ver acerca dos erros e perigos gerais, bem como acerca dos deveres dos que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos, do que publicar estes testemunhos. Talvez não haja mesmo maneira mais direta e eficaz de expor o que o Senhor me tem mostrado. ME3 95 4 Numa visão que tive a 12 de Junho de 1868, foi-me revelado o que plenamente justificava o meu ato de dar à publicidade testemunhos individuais. "Quando o Senhor discrimina casos particulares, especificando os seus erros, outros, que não foram mostrados em visão, freqüentemente os admitem como exatos, ou aproximadamente tais. Se alguém é repreendido por alguma falta especial, os irmãos e irmãs deviam examinar-se cuidadosamente a si mesmos e indagar em que eles próprios têm faltado, e em que se têm feito culpados de idêntico pecado." -- Testimonies for the Church 5:658, 659; Testemunhos Selectos 2:274, 275. ME3 96 1 Revisando os testemunhos publicados em 1884 -- Prezado Irmão Smith: Hoje enviei-lhe uma carta pelo correio, mas foram recebidas informações provenientes de Battle Creek de que a obra relacionada com os Testemunhos não está sendo aceita. ME3 96 2 Desejo declarar algumas coisas, com as quais poderá fazer o que lhe aprouver. Já me ouviu fazer estas declarações antes -- que me foi mostrado anos atrás que não devíamos adiar a publicação da importante luz que me foi dada porque não pude preparar o assunto com perfeição. Meu marido às vezes estava muito doente, incapaz de prestar-me a ajuda que eu deveria ter e que ele me poderia haver concedido caso estivesse com saúde. Por este motivo demorei a pôr diante do povo aquilo que me fora dado em visão. ME3 96 3 Mostrou-se-me, porém, que devia apresentar ao povo, da melhor maneira possível, a luz recebida; então, à medida que recebesse maior luz e usasse o talento que Deus me deu, teria crescente habilidade para usar em escrever e falar. Eu devia melhorar tudo, conduzindo-o tão perto da perfeição quanto fosse possível, para que pudesse ser aceito por mentes inteligentes. ME3 97 1 Tanto quanto possível, todo defeito devia ser removido de todas as nossas publicações. À medida que se desdobrasse a verdade e se tornasse mais difundida, devia ser exercido todo cuidado para aperfeiçoar as obras publicadas. ME3 97 2 Com respeito à História do Sábado, do irmão Andrews, vi que ele adiou a obra por muito tempo. Obras errôneas estavam ocupando o terreno e obstruindo o caminho, para que as mentes fossem imbuídas de preconceitos pelos elementos oponentes. Vi que assim se perderia muita coisa. Depois que se esgotasse a primeira edição, ele poderia fazer melhoramentos; mas ele estava se esforçando demais para chegar à perfeição. Essa demora não era o que Deus desejava. Ellen G. White desejava que a linguagem fosse usada corretamente ME3 97 3 Pois bem, irmão Smith, tenho feito cuidadoso exame crítico do trabalho efetuado nos Testemunhos, e vejo algumas coisas que penso deverem ser corrigidas na questão apresentada a sua pessoa e a outros na Associação Geral [Novembro de 1883]. No entanto, ao examinar o assunto com mais atenção, vejo cada vez menos algo que seja censurável. Onde a linguagem usada não é a melhor, quero que a tornem correta e gramatical, como creio que devia ser em todo caso em que for possível, sem destruir o sentido. Este trabalho está sendo adiado, o que não me apraz. ... ME3 97 4 Meu espírito tem-se concentrado na questão dos Testemunhos que foram revisados. Nós os examinamos de maneira mais criteriosa. Não posso ver a questão como meus irmãos a vêem. Penso que as modificações melhorarão o livro. Se nossos inimigos o manusearem, que o façam. ... ME3 97 5 Acho que tudo que for publicado será criticado, torcido, deturpado e sofismado, mas devemos avançar com a consciência limpa, fazendo o que podemos e deixando o resultado com Deus. Não devemos adiar a obra por mais tempo. ME3 98 1 Agora, meus irmãos, que pretendeis fazer? Não quero que este trabalho se prolongue mais ainda. Quero que se faça alguma coisa, e que se faça agora. -- Carta 11, 1884. (Escrita de Healdsburg, Califórnia, em 19 de Fevereiro de 1884.) ME3 98 2 O obra de E. G. White na escolha da matéria para os testemunhos -- Preciso escolher os assuntos mais importantes para o Testemunho (vol. 6) e então examinar cuidadosamente tudo que for preparado para ele, e ser meu próprio crítico; pois não quereria que fossem publicadas algumas coisas que são bem verdade; porque receio que alguns valer-se-iam delas para ferir a outros. ME3 98 3 Depois que o assunto para o Testemunho estiver preparado, todo artigo terá de ser lido por mim. Eu mesma terei de lê-los; pois o som da voz na leitura ou no canto é quase insuportável para mim. ME3 98 4 Procuro salientar princípios gerais, e se vejo uma frase que poderia servir de pretexto para alguém prejudicar a alguma outra pessoa, sinto-me em perfeita liberdade para omitir essa frase, embora seja completamente correta. -- Carta 32, 1901. Cartas para ajudar a outros ME3 98 5 Uso antecipado de cartas -- Estou procurando, com a ajuda de Deus, escrever cartas que sejam um auxílio não somente àqueles a quem são dirigidas, mas também a muitos outros que necessitam delas. -- Carta 79, 1905. ------------------------Capítulo 14 -- Passos iniciais para escrever e publicar a história do grande conflito A visão do grande conflito em 1858 ME3 99 1 A visão de 14 de março de 1858 -- Nesta visão em Lovett's Grove, a maior parte da matéria que eu vira dez anos atrás quanto ao grande conflito foi repetida, e fui instruída a escrevê-la. Foi-me mostrado que, ao passo que eu teria de contender com os poderes das trevas, pois Satanás faria vigorosos esforços para me impedir, devia não obstante pôr minha confiança em Deus, e os anjos não me deixariam no conflito. -- Spiritual Gifts 2:270. Ver Life Sketches of Ellen G. White, 162. ME3 99 2 Ataque de Satanás -- Segunda-feira começamos nossa viagem de regresso. ... Enquanto viajávamos nos vagões fizemos nossos planos para escrever e publicar o livro chamado O Grande Conflito imediatamente após nossa volta para casa. Eu estava então tão bem como de costume. Quando o trem chegou a Jackson, fomos à casa do irmão Palmer. Estávamos apenas há pouco tempo nessa casa, quando, enquanto eu conversava com a irmã Palmer, minha língua recusou-se a emitir o que eu desejava dizer, e parecia grande e entorpecida. Uma estranha sensação de frio me tomou o coração, passou-me pela cabeça, e desceu-me pelo lado direito. Por algum tempo fiquei insensível, mas fui despertada pela voz de fervorosa oração. Procurei usar meus membros esquerdos, porém estavam de todo inúteis. Durante algum tempo achei que deixaria de viver. -- Idem, 271. ME3 100 1 Escrevendo a história do conflito -- Por diversas semanas não pude sentir o aperto de mão, nem a água mais fria despejada sobre a cabeça. Ao levantar-me para andar, amiúde cambaleava e às vezes caía ao chão. Nesta condição comecei a escrever o Grande Conflito. A princípio, eu não podia escrever senão uma página por dia, descansando depois por três dias; mas, à medida que ia avançando, minhas forças aumentavam. O adormecimento na cabeça não parecia toldar-me a mente, e antes de eu terminar aquele trabalho [Spiritual Gifts, vol. 1], o efeito do ataque me havia deixado por completo. -- Idem, 272. ME3 100 2 Foi-lhe mostrada a tática de Satanás para estorvar -- Por ocasião da assembléia em Battle Creek, no mês de Junho de 1858,... fui arrebatada em visão. Nela me foi mostrado que no súbito ataque em Jackson, Satanás intentava tirar-me a vida, a fim de impedir a obra que eu estava para escrever; porém anjos de Deus foram enviados em meu auxílio, para colocar-me fora do alcance dos efeitos do ataque de Satanás. Entre outras coisas, vi que seria abençoada com melhor saúde do que antes do ataque em Jackson. -- Ibidem. Spiritual Gifts, volumes 3 e 4 ME3 100 3 Escrevendo a história do antigo testamento, 1863-1864 -- Depois que voltamos do Leste [21 de Dezembro de 1863], comecei a escrever o Volume 3 [de Spiritual Gifts], esperando ter um livro do tamanho apropriado para ser encadernado com os testemunhos que ajudam a compor [Spiritual Gifts] Volume 4. Enquanto escrevia, o assunto se expandiu diante de mim, e vi que era impossível reunir tudo que eu tinha para escrever [sobre a história do Antigo Testamento] em tão poucas páginas como tencionava a princípio. O assunto se expandiu e o Volume 3 ficou repleto [304 páginas]. ME3 101 1 Então comecei o Volume 4; antes, porém, de concluir meu trabalho, enquanto preparava o assunto sobre saúde para os impressores, fui convidada a ir a Monterey. Nós fomos, e não pudemos terminar o trabalho ali tão depressa como esperávamos. Fui obrigada a voltar para terminar a matéria para os impressores. ... ME3 101 2 Eu escrevera quase constantemente por mais de um ano. Geralmente começava a escrever às sete da manhã e continuava até às sete da noite, quando então deixava de escrever e lia provas impressas. -- Manuscrito 7, 1867. ME3 101 3 O prefácio da autora reconhecia a fonte da visão -- Ao apresentar este meu terceiro volume ao público, sou confortada com a convicção de que o Senhor fez de mim Seu humilde instrumento para lançar alguns raios de preciosa luz sobre o passado. A história sagrada referente a santos homens de tempos antigos é breve. ... ME3 101 4 Visto que os grandes fatos da fé, relacionados com a história de santos homens do passado, me foram expostos em visão; além do importante fato de que Deus em parte alguma considerou levianamente o pecado dos apóstatas, estou mais convencida do que nunca de que a ignorância desses fatos e a ardilosa vantagem que algumas pessoas mais espertas tiram dessa ignorância, constituem os grandes baluartes da incredulidade. Se o que eu escrevi sobre esses pontos ajudar alguma mente, Deus seja louvado por isso. ME3 101 5 Quando comecei a escrever, esperava colocar tudo neste volume, mas sou obrigada a completar a história dos hebreus, discorrer sobre os casos de Saul, Davi, Salomão e outros, e tratar do assunto da saúde noutro volume. -- Spiritual Gifts 3:v, vi. ------------------------Capítulo 15 -- Um relato sucessivo da experiência de Ellen G. White ao escrever sobre a vida de Cristo, em 1876 ME3 103 1 25 de março de 1876 -- Maria Clough e eu faremos tudo que estiver ao nosso alcance para promover a obra de meus escritos. Não consigo ver nenhuma luz brilhando em direção a Michigan para mim. Acho que este ano meu trabalho é escrever. Preciso ficar isolada, permanecer aqui mesmo, e não permitir que a inclinação pessoal ou a persuasão dos outros abalem minha resolução de manter-me bem ligada a meu trabalho até que seja concluído. Deus me ajudará se eu confiar nEle. -- Carta 63, 1876. (A Tiago White, 25 de Março de 1876.) ME3 103 2 4 de abril -- Há alguns dias temos tido visitas quase cada dia, mas procuro ater-me a minha ocupação e escrever diariamente tanto quanto me proponho. Não posso escrever senão metade de um dia diariamente. ... ME3 104 1 Maria [está] no escritório, e eu [estou] escrevendo no andar de cima. ... ME3 104 2 Tenho tido muita liberdade na oração e doce comunhão com Deus em minhas horas de vigília à noite e cedo de manhã. Estou obtendo alguma força, mas noto que qualquer sobrecarga me afeta gravemente, de modo que leva tempo para recuperar-me. Minha confiança [está] em Deus. Tenho certeza de que Ele me ajudará em meus esforços para divulgar a verdade e luz que me tem dado para [que as transmita] a Seu povo. -- Carta 3, 1876. ME3 104 3 7 de abril -- Os preciosos assuntos são bem desdobrados a minha mente. Confio em Deus e Ele me ajuda a escrever. Estou umas vinte e quatro páginas na frente de Maria. Ela vai bem com minhas cópias. Será necessário um claro senso do dever para afastar-me deste trabalho e levar-me a reuniões campais. Pretendo concluir meus escritos para um livro, a todo o custo, antes de ir a algum lugar. ... O Leste não me verá durante um ano, a menos que eu sinta que Deus me convida a ir. Ele me deu este trabalho. Eu o farei, se puder ficar livre. -- Carta 4, 1876. ME3 104 4 8 de abril -- Tenho facilidade para escrever e suplico diariamente a direção de Deus e que eu seja imbuída de Seu Espírito. Creio então que terei auxílio e força e graça para fazer a vontade de Deus. ... ME3 104 5 Nunca em minha vida, tive tal oportunidade para escrever, e pretendo aproveitá-la ao máximo. ... ME3 104 6 Que tal ler o meu manuscrito para os Pastores [J. H.] Waggoner e [J. N.] Loughborough? Se a enunciação de algum ponto doutrinário não estiver tão clara como devia estar, ele poderá discerni-lo (refiro-me a W.). -- Carta 4a, 1876. ME3 104 7 8 de abril -- Meu marido escreve que me será enviado um apelo da [assembléia] da Associação Geral, mas não me deixarei afastar daquilo que creio ser meu dever neste tempo. Tenho uma obra especial neste tempo: escrever as coisas que o Senhor me mostrou. ... ME3 104 8 Tenho de realizar uma obra que tem sido um grande fardo para minha alma. Quão grande, ninguém sabe, senão o Senhor. ME3 104 9 Além disso, preciso de tempo para manter a mente bem calma e tranqüila. Preciso ter tempo para meditar e orar enquanto estou empenhada neste trabalho. Não quero cansar-me a mim mesma, nem estar intimamente ligada com o nosso povo, o que desviaria minha atenção. Esta é uma grande obra, e eu tenho vontade de clamar a Deus cada dia para que Seu Espírito me ajude a realizar devidamente este trabalho. -- Carta 40, 1876. (Para Lucinda Hall, 8 de Abril de 1876.) ME3 105 1 14 de abril -- Afigura-se-me que meus escritos são importantes, e eu [sou] tão débil, tão incapaz de realizar o trabalho com exatidão. Tenho instado com Deus para ser imbuída de Seu Santo Espírito, para estar ligada com o Céu, a fim de que este trabalho seja efetuado corretamente. Nunca poderei realizá-lo sem a bênção especial de Deus. -- Carta 7, 1876, 2. ME3 105 2 16 de abril -- Escrevi uma porção de páginas hoje. Maria está persistentemente no meu encalço. Ela fica tão entusiasmada com alguns assuntos, que traz o manuscrito depois de copiá-lo e o lê para mim. Mostrou-me hoje uma pesada pilha de manuscritos que havia preparado.... ME3 105 3 Estou-me sentindo muito livre e tranquila. Sinto o precioso amor de Cristo em meu coração. Isto me humilha à minha própria vista, ao passo que Jesus é exaltado diante de mim. Oh, como anseio aquela social e misteriosa conexão com Jesus que nos eleva acima das coisas temporais desta vida! Meu ardente desejo é estar bem com Deus, e que Seu Espírito testifique continuamente comigo que sou de fato uma filha de Deus. -- Carta 8, 1876. ME3 105 4 18 de abril -- Domingo à noite fomos à cidade [de São Francisco]. Falei a uma grande congregação de estranhos, com boa acolhida, discorrendo sobre o assunto dos pães e peixes com que Jesus, por Seu miraculoso poder, alimentou cerca de dez mil pessoas... que estavam continuamente recebendo, depois que o Salvador abençoara a pequena porção de alimento; Cristo andando sobre o mar, e os judeus exigindo um sinal de que Ele era o Filho de Deus. O vizinho que mora ao lado da igreja perto do jardim público esteve presente. Acho que seu nome é Cragg. Todos eles prestaram muita atenção, com os olhos arregalados e, alguns, até boquiabertos. ... ME3 106 1 Teria prazer em encontrar-me com meus irmãos e irmãs na reunião campal. Este é exatamente o trabalho que aprecio. Muito melhor do que a reclusão de escrever. Isso interromperia, porém, o meu trabalho e frustraria os planos de publicar meus livros, pois não posso fazer ambas as coisas -- viajar e escrever. Agora parece ser minha áurea oportunidade. Maria está comigo, e ela é a melhor copista que eu posso ter. Talvez nunca encontre outra ocasião tão favorável como esta. -- Carta 9, 1876. ME3 106 2 21 de abril -- Acabo de completar um longo artigo sobre diversos milagres; são cinqüenta páginas. Preparamos umas 150 páginas depois que você partiu. Sentimos a máxima satisfação no que preparamos. -- Carta 12, 1876. ME3 106 3 24 de abril -- Maria acabou de ler dois artigos para mim -- um sobre os pães e os peixes, Cristo andando sobre a água, e declarando para Seus ouvintes que Ele é o Pão da Vida, o que fez com que alguns de Seus discípulos Lhe voltassem as costas. Isto perfaz cinqüenta páginas e abrange muitos assuntos. Penso que é a matéria mais preciosa que já escrevi. Maria está igualmente muito entusiasmada com ela. Acha que isso é do mais alto valor. Estou plenamente satisfeita com este artigo. ME3 106 4 O outro artigo é sobre Cristo passando pelo trigal, colhendo espigas de trigo, e curando a mão ressequida -- 12 páginas. Se eu puder, com a ajuda de Maria, trazer a lume estes assuntos de tão intenso interesse, talvez seja levada a dizer: "Agora, Senhor, despedes em paz a Tua serva." Estes escritos são tudo que consigo ver agora. ... ME3 106 5 Meu coração e mente estão neste trabalho, e o Senhor me susterá em sua realização. Creio que o Senhor me dará saúde. Eu o pedi para Ele, e Ele atenderá minha oração. ME3 106 6 Amo ao Senhor. Amo Sua Causa. Amo Seu povo. Sinto grande paz e tranqüilidade. Não parece haver coisa alguma para perturbar e distrair-me a mente, e, com tanta concentração mental, meu espírito não poderia afligir-se com alguma coisa sem ficar sobrecarregado. -- Carta 13, 1876. ME3 107 1 25 de abril -- Não posso dedicar meramente metade do dia para meus escritos, pois parte do tempo dói-me a cabeça, e então tenho de descansar, deitar-me, parar de pensar, e tomar tempo para escrever quando puder fazê-lo confortavelmente. Não posso apressar as coisas. Este trabalho precisa ser feito cuidadosa, pausada e acuradamente. Os assuntos que preparamos foram bem elaborados. Eles me agradam. -- Carta 14, 1876. ME3 107 2 27 de abril -- Hoje escrevi quinze páginas. Maria Clough está firmemente ao meu encalço. Ela copiou quinze páginas hoje -- uma boa e volumosa porção diária. ... Nunca dantes tive tal oportunidade em minha vida. Pretendo aproveitá-la. Escrevemos cerca de 200 páginas depois que você partiu: todas copiadas, prontas para o prelo. ... ME3 107 3 Sinto que sou menos do que nada, mas Jesus é tudo para mim -- minha justiça, e minha sabedoria, e minha força. -- Carta 16a, 1876. ME3 107 4 5 de maio -- Escrevi mais do que habitualmente, e isso foi demais para mim. Não posso e não devo escrever mais do que metade do dia, mas continuo a passar os limites, e sofro as conseqüências. Minha mente está em meus assuntos dia e noite. Tenho forte confiança na oração. O Senhor me ouve, e creio em Sua salvação. Confio em Sua força. Com Sua força completarei meus escritos. Apego-me firmemente a Sua mão, com inabalável confiança. ... ME3 107 5 Tenho importantes assuntos que sairão na próxima revista [Signs of the Times], sobre Jeremias. O Espírito de Deus impeliu-me a mente nessa direção. A visão que tive há dezesseis anos gravou-se indelevelmente em minha memória. Vi que importante questão seria considerada aplicável ao povo de Deus. Isto era com referência ao testemunho que Deus me incumbiu de transmitir ao reprovar o erro. -- Carta 21, 1876. ME3 107 6 11 de maio -- Se eu reunir todos os meus escritos [Spirit of Prophecy, vol. 2] em forma de manuscrito, minha parte da obra estará terminada, e ficarei aliviada. -- Carta 24, 1876. ME3 107 7 19 de outubro -- Decidimos mandar que os impressores [na Review and Herald, em Battle Creek] prosseguissem com o meu livro, e não transportassem esses livros outra vez através das planícies. Parte do livro está aqui, já impressa. Não mandaremos estereotipá-la, porque não esperamos que o material de meu livro seja tão exato assim, mas faremos esta primeira edição e a poremos à venda. Então teremos tempo para publicar uma edição mais perfeita no Litoral do Pacífico, e mandaremos estereotipá-la. Então a biografia de seu pai e a minha serão escritas e impressas na Editora do Pacífico. Mas todos nós usamos o bom senso e achamos que seria melhor permanecermos aqui [em Battle Creek] até Dezembro e completar esta edição. ... ME3 108 1 26 de outubro -- Estamos no maior açodamento e pressa, editando o meu Spirit of Prophecy, volume dois. Três formas novas já estão impressas. Se permanecermos mais quatro semanas aqui [em Battle Creek], completaremos o livro e removeremos de minha mente um grande fardo de ansiedade. -- Carta 46, 1876. (Para G. C. White e esposa, 26 de Outubro de 1876.) ------------------------Capítulo 16 -- Ampliando a apresentação do grande conflito ME3 109 1 Preparando o manuscrito para Spirit of Prophecy, Volume 4, o Precursor de -- O Grande Conflito Intensidade de Sentimento Enquanto Escrevia (19 de Fevereiro de 1884). -- Escrevo de quinze a vinte páginas cada dia. São agora onze horas, e escrevi catorze páginas do manuscrito para o Volume 4, além de sete páginas de cartas para diversos indivíduos. Sinto-me continuamente grata a Deus por Sua compassiva bondade. ... ME3 109 2 Ao escrever em meu livro, sinto-me intensamente comovida. Quero vê-lo sair o mais depressa possível, pois nosso povo necessita tanto dele! Pretendo terminá-lo no mês que vem, caso o Senhor me conceda saúde como tem feito. Tem-me sido impossível dormir por noites, pensando nas importantes coisas que irão ocorrer. Três horas, por vezes cinco, é o máximo de sono que obtenho. Meu espírito está tão profundamente agitado que não posso repousar. Sinto que preciso escrever, escrever, escrever, e sem delongas. ME3 109 3 Grandes coisas se acham à nossa frente, e precisamos despertar o povo de sua indiferença, a fim de que se prepare para aquele dia. Coisas que são eternas se avolumam à minha vista dia e noite. As coisas temporais se desvanecem a meus olhos. Não devemos agora rejeitar a nossa confiança, mas ter firme certeza -- mais firme do que jamais no passado. Até aqui nos ajudou o Senhor, e nos ajudará até o fim. Olharemos para as monumentais colunas, reminiscências do que o Senhor tem feito por nós, para confortar-nos e para nos livrar da mão do destruidor. -- Carta 11a, 1884. ME3 110 1 A história revelada em visões panorâmicas, de tempos em tempos -- Mediante a iluminação do Espírito Santo, as cenas do prolongado conflito entre o bem e o mal foram patenteadas à autora destas páginas. De quando em quando me foi permitido contemplar a operação, nas diversas épocas, do grande conflito entre Cristo, o Príncipe da vida, o Autor de nossa salvação, e Satanás, o príncipe do mal, o autor do pecado, o primeiro transgressor da santa lei de Deus. -- O Grande Conflito, Introdução, pág. X. ME3 110 2 Visões do passado e do futuro enquanto escrevia -- Quando estou usando minha pena, são-me dadas maravilhosas representações do passado, presente e futuro. -- Carta 86, 1906. ME3 110 3 A história da reforma apresentada em visão -- O estandarte do chefe da sinagoga de Satanás foi erguido bem alto, e o erro aparentemente marchou em triunfo, e os reformadores, por meio da graça que lhes foi dada por Deus, travaram bem-sucedida peleja contra as hostes das trevas. Foram-me apresentados acontecimentos na história dos reformadores. Sei que o Senhor Jesus e Seus anjos observaram com intenso interesse a batalha contra o poder de Satanás, o qual juntou suas hostes com homens maus, a fim de extinguir a luz divina, o fogo do reino de Deus. Por amor a Cristo, eles sofreram escárnio, irrisão e o ódio de homens que não conheciam a Deus. Foram difamados e perseguidos até à morte, porque não queriam renunciar à sua fé. -- Carta 48, 1894. ME3 110 4 Mostrado a Ellen White anos antes de visitar a Europa em 1885-1887 -- Anos atrás, foi-me apresentada a obra da primeira mensagem nesses países [Suécia e outros países setentrionais], e foram-me mostradas circunstâncias similares às que relatei mais acima [pregação por crianças suecas]. -- Ellen G. White, em Historical Sketches of the Foreign Missions of Seventh-day Adventists, 108 (1886), Basiléia. ME3 111 1 O capítulo sobre o tempo de angústia -- Acabamos de ler o assunto a respeito do tempo de angústia. O irmão Smith acha que este capítulo de maneira alguma deve ser omitido do Volume 4. Ele diz que não há nesse capítulo nenhuma frase que não seja essencialmente necessária. Parece que isto causou profunda impressão na mente dele, e achei que devia escrever a respeito deste assunto. Eu o li, e ele contém mesmo um poder sensacional. Não vejo coisa alguma que o exclua do livro para vendagem geral entre os descrentes. -- Carta 59, 1884. ME3 111 2 A edição de 1888, de O Grande Conflito ME3 111 3 Começa o trabalho da ampliação de O Grande Conflito -- Basiléia, Suíça, 11 de Junho de 1886. Penso que desejais ouvir alguns pormenores a respeito de nossa família. Somos agora em número de dez. G. C. W. [White] e Maria e Ella vão bem. Sara McEnterfer está bem e tão ocupada como pode estar, tomando nota de cartas ditadas e escrevendo-as a máquina. A saúde de Mariana [Davis] vai mais ou menos como habitualmente. Ela está trabalhando no volume 4: "O Grande Conflito". -- Manuscrito 20, 1886. ME3 111 4 Foi-lhe ordenado que descrevesse cenas do passado e do futuro -- À medida que o Espírito de Deus me ia revelando à mente as grandes verdades de Sua Palavra, e as cenas do passado e do futuro, era-me ordenado tornar conhecido a outros o que assim fora revelado -- delineando a história do conflito nas eras passadas, e especialmente apresentando-a de tal maneira a lançar luz sobre a luta do futuro, em rápida aproximação. Na prossecução deste propósito, esforcei-me por selecionar e agrupar fatos da história da Igreja de tal maneira a esboçar o desdobramento das grandes verdades probantes que em diferentes períodos foram dadas ao mundo, as quais excitaram a ira de Satanás e a inimizade de uma igreja que ama o mundo, verdades que têm sido mantidas pelo testemunho dos que "não amaram suas vidas até à morte". -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 11. ME3 112 1 Cenas apresentadas de novo enquanto ela escrevia -- Enquanto escrevia o manuscrito de "O Grande Conflito", freqüentemente estive ciente da presença dos anjos de Deus. E muitas vezes as cenas sobre as quais estava escrevendo me foram de novo apresentadas em visões da noite, de modo que fossem recentes e vívidas em minha memória. -- Carta 56, 1911. ME3 112 2 Vívidas cenas do segundo advento de Cristo -- O firmamento abria-se e fechava-se, e estava em comoção. As montanhas oscilavam como a cana ao vento, e lançavam rochas escabrosas por todo o redor. O mar fervia como uma panela, e atirava de si pedras sobre o solo. E ao dizer Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e pronunciar o concerto eterno a Seu povo, dizia uma sentença e depois fazia pausa enquanto as palavras rolavam através da Terra. ... ME3 112 3 Não tenho o mais leve conhecimento quanto ao tempo anunciado pela voz de Deus. Ouvi a hora proclamada, mas não tinha lembrança alguma daquela hora depois que saí da visão. Cenas de tal emoção, solene interesse, passaram por mim de maneira que linguagem alguma é capaz de descrever. Foi tudo viva realidade para mim, pois logo a seguir a ela, apareceu a grande nuvem branca, sobre a qual estava assentado o Filho do homem. -- Carta 38, 1888. Publicada em Mensagens Escolhidas 1:75, 76. ME3 112 4 Ler as provas -- último trabalho no livro -- Acabei de ler o manuscrito dos três últimos capítulos. Não posso ver senão que tudo está certo e é do mais intenso e emocionante interesse. Estou contente por me haver enviado estas páginas, e desejo que o livro -- precisamente o primeiro a sair do prelo -- também me seja enviado. ... ME3 113 1 Sábado passado foi um tempo impressionante e solene. Falei sobre algumas das próprias cenas descritas nestes últimos capítulos, e houve profundo sentimento na reunião. -- Carta 57, 1884. ME3 113 2 Medidas tomadas para torná-lo o melhor possível -- Na preparação deste livro, foram empregados obreiros competentes e investiu-se muito dinheiro para que o volume pudesse ser apresentado ao mundo na melhor forma possível. ... ME3 113 3 O Senhor impressionou-me a escrever este livro, para que sem delongas pudesse ser difundido em todas as partes do mundo, pois as advertências que contém são necessárias para preparar um povo que permaneça em pé no dia do Senhor. -- Manuscrito 24, 1891. ME3 113 4 Experiência de Ellen White enquanto escrevia O Grande Conflito -- Fui impelida pelo Espírito do Senhor a escrever esse livro, e enquanto trabalhava nele senti um grande peso em minha alma. Eu sabia que o tempo era curto, que as cenas que logo se amontoarão sobre nós por fim viriam mui repentina e rapidamente, segundo é exposto nas palavras da Escritura: "O dia do Senhor vem como ladrão de noite." 1 Tessalonicenses 5:2. ME3 113 5 O Senhor me apresentou assuntos que são de premente importância para o tempo presente, e que se estendem ao futuro. Numa exortação foram-me proferidas estas palavras: "Escreve num livro as coisas que tens visto e ouvido, e deixa que vá a todas as pessoas; pois está próximo o tempo em que se repetirá a história do passado." Tenho sido acordada à uma, duas ou três horas da madrugada, com algum ponto fortemente gravado em minha mente, como se fosse proferido pela voz de Deus. Foi-me mostrado que muitos de nosso próprio povo estavam adormecidos em seus pecados, e, embora afirmassem ser cristãos, iriam perecer, a menos que se convertessem. ME3 113 6 Procurei apresentar aos outros as solenes impressões causadas em minha mente à medida que a verdade me era exposta com clareza, para que cada um sentisse a necessidade de ter uma experiência religiosa por si mesmo, de possuir um conhecimento do Salvador por si mesmo, e de buscar arrependimento, fé, amor, esperança e santidade por si mesmo. ME3 114 1 Foi-me assegurado que não havia tempo para perder. Os apelos e as advertências precisam ser dados; nossas igrejas precisam ser despertadas, precisam ser instruídas, para que dêem a advertência a todos aqueles que puderem atingir, declarando que vem a espada e que a ira do Senhor sobre um mundo devasso não será adiada por muito tempo. Foi-me mostrado que muitos atenderiam à advertência. Seu espírito estaria preparado para discernir as próprias coisas que ela lhes indicava. ME3 114 2 Foi-me mostrado que grande parte de meu tempo fora ocupado em falar ao povo, quando era essencial que eu me dedicasse a escrever os importantes assuntos para o Volume 4, que a advertência precisava ir aonde o mensageiro vivo não podia dirigir-se, e que ela chamaria a atenção de muitos para os importantes acontecimentos que ocorrerão nas cenas finais da história deste mundo. ME3 114 3 À medida que me era desdobrada a condição da igreja e do mundo, e contemplei as terríveis cenas que se encontram precisamente diante de nós, fiquei alarmada com a perspectiva; e noite após noite, enquanto todos na casa estavam dormindo, escrevi as coisas que me eram dadas por Deus. Foram-me mostradas as heresias que irão surgir, os embustes que prevalecerão, o poder de Satanás para operar milagres -- os falsos Cristos que aparecerão -- que enganarão a maior parte até mesmo do mundo religioso e que, se fosse possível, desencaminhariam os próprios eleitos. ME3 114 4 Esta obra é do Senhor? Sei que é, e nosso povo também professa crê-lo. As advertências e instruções deste livro são necessárias a todos os que professam crer na verdade presente. -- Carta 1, 1890. ------------------------Capítulo 17 -- A experiência de Ellen G. White ao preparar O Desejado de Todas as Nações Apontamentos de cartas e diários ME3 115 1 15 de julho de 1892 -- Esta semana fui habilitada a começar a escrever sobre a vida de Cristo. Oh! quão ineficiente, quão incapaz eu sou de expressar as coisas que ardem em minha alma com referência à missão de Cristo! Quase não ousei empreender a obra. Há tanta coisa relacionada com tudo isso! E o que hei de dizer, e o que deixarei de dizer? Fico noites acordada, pleiteando com o Senhor para que o Espírito Santo desça sobre mim, para que habite em mim. ... ME3 115 2 Ando em tremor diante de Deus. Não sei como falar ou como traçar com a pena o grande tema do sacrifício expiatório. Não sei como apresentar os assuntos com o vivo poder em que se acham diante de mim. Tremo de temor, não seja que eu amesquinhe o grande plano da salvação por palavras comuns. Inclino respeitosa e reverentemente minha alma diante de Deus, e digo: "Quem é suficiente para estas coisas?" -- Carta 40, 1892. ME3 115 3 23 de maio de 1893 -- Está nublado e chovendo esta manhã. Escrevi sobre a vida de Cristo desde as quatro horas. Oxalá o Espírito Santo repouse e habite em mim, para que minha pena possa traçar as palavras que comuniquem a outros a luz que o Senhor, em Sua grande misericórdia e amor, Se dignou conceder-me. -- Manuscrito 80, 1893. ME3 116 1 2 de julho de 1893 -- Escrevo alguma coisa cada dia sobre a vida de Cristo. Um capítulo predispõe-me a mente para outros assuntos, de modo que tenho diversos cadernos de rascunho em que estou escrevendo. Quase não ouso enviar manuscritos pelo jovem Linden, temendo que se extraviem, e desejo dedicar mais tempo a alguns assuntos. -- Carta 132, 1893. (Escrita da Nova Zelândia.) ME3 116 2 15 de junho de 1893 -- Estou ansiosa para publicar a vida de Cristo. Mariana [Davis] especifica capítulos e assuntos para serem escritos por mim que não considero realmente necessários serem escritos. Talvez eu veja mais luz neles. Não os abordarei sem que o Espírito do Senhor pareça dirigir-me. A construção de uma torre, a guerra de reis, essas coisas não me absorvem a mente, mas hei de alongar-me sobre os assuntos da vida de Cristo, Seu caráter representando o Pai, as parábolas essenciais para todos nós compreendermos e praticarmos as lições nelas contidas. -- Carta 131, 1893. ME3 116 3 7 de julho de 1893 -- Tenho-lhe escrito algo toda vez que ouvimos dizer que uma mala postal seguiria para... [a América] e quando o irmão Linden partiu, enviei-lhe uma carta e um manuscrito,... alguma coisa sobre a vida de Cristo. ... Aquilo sobre a vida de Cristo pode ser usado para artigos para a revista. -- Carta 133, 1893. ME3 116 4 Perto do fim de 1894 -- Foi decidido no concílio que devo escrever sobre a vida de Cristo; mas, como fazê-lo melhor do que no passado? Questões, e a verdadeira condição das coisas aqui e ali, me são expostas com insistência. ... ME3 116 5 Não tenho feito muita coisa sobre a vida de Cristo, e muitas vezes sou obrigada a solicitar a ajuda de Mariana, sem levar em conta o trabalho sobre a vida de Cristo que ela tem de realizar sob grandes dificuldades, coligindo um pouco aqui e um pouco ali, de todos os meus escritos, a fim de arrumá-lo da melhor maneira possível. Ela está, porém, com boa disposição para o trabalho; se tão-somente eu pudesse sentir-me livre para dedicar toda a minha atenção a essa obra! Ela educou e preparou a mente para o trabalho; e agora eu penso, como tenho pensado centenas de vezes, que conseguirei, depois que esta mala postal [americana] se fechar, tomar a vida de Cristo e levá-la avante, se o Senhor quiser. -- Carta 55, 1894. ME3 117 1 25 de outubro de 1894 -- Mariana está trabalhando em circunstâncias muito desfavoráveis. Encontro apenas pouco tempo para escrever sobre a vida de Cristo. Estou continuamente recebendo cartas que requerem uma resposta, e não ouso negligenciar importantes questões que são trazidas ao meu conhecimento. Então há igrejas para visitar, testemunhos particulares para serem escritos, e muitas outras coisas para serem atendidas, que me sobrecarregam e consomem meu tempo. Mariana pega avidamente toda carta que escrevo a outras pessoas, a fim de encontrar frases que ela possa usar na vida de Cristo. Ela tem coligido tudo que se relaciona com as lições de Cristo a Seus discípulos, de todas as fontes possíveis. Depois que terminar a reunião campal, a qual é muito importante, hei de instalar-me nalgum lugar em que possa dedicar-me à obra de escrever sobre a vida de Cristo. ... ME3 117 2 Há muita coisa para ser feita nas igrejas, e não posso desempenhar minha parte em manter o interesse e realizar o outro trabalho que me é necessário fazer, sem ficar tão cansada que não tenha forças para escrever sobre a vida de Cristo. Estou muito perplexa quanto ao que é meu dever. ... ME3 117 3 Estou quase decidida a... dedicar todo o meu tempo a escrever os livros que devem ser preparados sem mais demora. Gostaria de escrever sobre a vida de Cristo, sobre a Temperança Cristã [A Ciência do Bom Viver] e preparar o Testemunho N. 34 [volume 6], pois é muito necessário. Terei de parar de escrever tanta coisa para as revistas, e deixar que a Review and Herald, Signs of the Times e todos os outros periódicos passem este ano sem artigos de minha pena. ME3 117 4 Todos os artigos que levam o meu nome são escritos recentes e novos de minha pena. Lamento não ter maior ajuda literária. Necessito muitíssimo dessa espécie de ajuda. Fanny [Bolton] poderia ajudar-me bastante na elaboração dos livros se ela não tivesse de preparar tantos artigos para as revistas e de revisar tantas cartas e testemunhos para atender os reclamos de minha correspondência e as necessidades das pessoas. ME3 118 1 É inútil esperar alguma coisa de Mariana [Davis] até que seja completada a Vida de Cristo. Quisera conseguir outra obreira inteligente que pudesse ser incumbida de preparar a matéria para o prelo. Tal obreira seria de grande utilidade para mim. Mas a pergunta é: Onde encontrarei tal pessoa? Estou com o cérebro cansado a maior parte do tempo. Escrevo muitas páginas antes do desjejum. Levanto-me às duas, três ou quatro horas da madrugada. ... ME3 118 2 Sabeis que todo o meu tema, tanto no púlpito como em particular, pela voz e pela pena, é a vida de Cristo. Até agora, quase tudo que escrevi sobre este assunto tem sido escrito durante as horas em que os outros estão dormindo. -- Carta 41, 1895. ME3 118 3 6 de junho de 1896 -- Quase não ouso escrever aquilo que é santo e elevado nas coisas celestiais. Muitas vezes deponho minha pena e digo: Impossível, impossível para mentes finitas compreenderem verdades eternas e profundos princípios sagrados, e expressar sua vital importância. Fico estupefata e embevecida. A rica corrente de pensamento se apodera de todo o meu ser, e deponho minha pena e exclamo: Ó Senhor, sou finita, sou fraca, simples e ignorante; nunca poderei encontrar palavras para expressar Tuas grandiosas e santas revelações! ME3 118 4 Minhas palavras parecem ser inadequadas. Perco a esperança de adornar a verdade que Deus tornou conhecida a respeito de Sua grande redenção, a qual absorveu para si toda a Sua atenção no Filho unigênito do Infinito. As verdades que devem durar pelo tempo e pela eternidade, o grande plano da redenção, que custou tanto para a salvação da raça humana, apresentando-lhes uma vida que se compara com a vida de Deus -- estas verdades são demasiado amplas, profundas e santas para serem adequadamente expressas pelas palavras ou pela pena humana. -- Manuscrito 23, 1896. ME3 118 5 29 de julho de 1897 -- Acordo às duas e meia e elevo minha oração a Deus no nome de Jesus. Sou débil fisicamente; minha cabeça não está livre de dor; o olho esquerdo está me incomodando. Ao escrever sobre a vida de Cristo fico profundamente enternecida. Esqueço de respirar como devia. Não posso suportar a intensidade de sentimento que se apodera de mim quando penso no que Cristo sofreu em nosso mundo. -- Manuscrito 70, 1897. ME3 119 1 16 de julho de 1896 -- O manuscrito sobre a "Vida de Cristo" está prestes a ser enviado para a América. Este será editado pela Pacific Press. Empreguei obreiros para preparar este livro, especialmente a irmã Davis, e isto me custou três mil dólares. Outros três mil serão necessários para prepará-lo para ser difundido pelo mundo, em dois volumes. Esperamos que eles tenham grande saída. Tenho dedicado pouco tempo a esses livros, pois falar em público, escrever artigos para as revistas e escrever testemunhos particulares para enfrentar e reprimir os males que estão aparecendo, me mantém ocupada. -- Carta 114, 1896. ME3 119 2 Enfrentando críticas de O Desejado de Todas as Nações 20 de junho de 1900. -- Recebi sua carta, Edson. Quando ao Desejado de Todas as Nações, quando você se encontra com os que têm críticas a fazer, como sempre será o caso, não tome conhecimento dos supostos erros, mas enalteça o livro, fale de suas vantagens. O Desejado de Todas as Nações teria sido do mesmo tamanho que os dois livros anteriores [Patriarcas e Profetas e O Grande Conflito], se não fosse a forte recomendação do irmão O., que era então o agente geral de colportagem. O que você diz sobre o apêndice é a primeira objeção que ouvimos a respeito desse aspecto. Muitos têm falado do grande auxílio que encontram no apêndice. Se as pessoas têm preconceitos contra algo que torna o sábado proeminente, essa própria objeção revela a necessidade de que ele esteja ali para convencer a mente. ME3 120 1 Sejamos cautelosos. Recusemos permitir que as críticas de alguma pessoa imprimam objeções em nosso espírito. Deixe que os críticos vivam de seu ofício de criticar. Eles não podem falar em favor das melhores bênçãos sem acrescentar uma crítica para lançar uma sombra de vitupério. Acostumemo-nos a enaltecer aquilo que é bom quando os outros criticam. Os murmuradores sempre estarão à cata de defeitos, mas não devemos ser entristecidos pelo elemento acusador. Não consideremos uma virtude causar e sugerir dificuldades que uma e outra mente insinuará para perturbar e confundir. -- Carta 87, 1900. ------------------------Capítulo 18 -- Observações enquanto lidava com os livros da série do conflito O resultado de visões que se estenderam sobre sua existência ME3 121 1 Durante os quarenta e cinco anos de experiência, foram-me mostrados a vida, o caráter e a história dos patriarcas e profetas, que se apresentaram ao povo com mensagens de Deus; e Satanás suscitava algum boato desfavorável, ou ocasionava alguma diferença de opinião, ou desviava o interesse nalguma outra direção, para que as pessoas fossem destituídas do bem que o Senhor queria conceder-lhes. ... ME3 121 2 Só podia ter um vívido quadro em minha mente, dia a dia, do modo como foram tratados os reformadores, e como pequenas diferenças de opinião pareciam produzir grande excitação. Assim foi na traição, no julgamento e na crucifixão de Jesus. Tudo isso passou diante de mim ponto por ponto. -- Carta 14, 1889. As críticas construtivas são apreciadas (1885) ME3 121 3 Diga-lhe [a Mariana Davis] que há poucos minutos acabei de ler as cartas em que ela especificou os melhoramentos a serem feitos nos artigos para o Volume 1 [Patriarcas e Profetas]. Sou-lhe grata por isso. Diga-lhe que ela tem razão quanto ao vazamento dos olhos de Zedequias. Isto precisa ser expresso de maneira mais cuidadosa -- e também a rocha, quando a água jorrou -- algo com referência a isso. Creio que posso tornar mais completos os artigos especificados. -- Carta 38, 1885. Procura de livros que apresentassem a ordem dos acontecimentos ME3 122 1 Bom, meus queridos Willie, e Edson e Ema, cheguemos bem perto de Deus. Vivamos diariamente como desejaremos ter vivido quando se assentar o tribunal, e se abrirem os livros, e quando for retribuído a cada um segundo as suas obras. ... Digam a Maria que ela procure para mim algumas histórias da Bíblia que me dêem a ordem dos acontecimentos. Não tenho nada, e não consigo encontrar alguma coisa aqui na Biblioteca [de Basiléia, Suíça]. -- Carta 38, 1885, 8. O Espírito Santo traçou as verdades sobre o coração de Ellen White ME3 122 2 Quantos têm lido cuidadosamente Patriarcas e Profetas, O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações? Eu desejo que todos compreendam que minha confiança na luz que Deus tem dado permanece firme, porque eu sei que o poder do Espírito Santo engrandeceu a verdade e fê-la gloriosa, dizendo: "Este é o caminho, andai nele." Em meus livros a verdade é declarada, fortalecida por um "Assim diz o Senhor". ME3 122 3 O Espírito Santo traçou essas verdades sobre meu coração e mente de maneira tão indelével como a lei foi traçada pelo dedo de Deus nas tábuas de pedra, as quais estão agora na arca, para serem expostas naquele grande dia, quando a sentença será pronunciada contra toda má e sedutora ciência produzida pelo pai da mentira. -- Carta 90, 1906; O Colportor Evangelista, 126. ME3 123 1 A revisão de O Grande Conflito em 1911 ME3 123 2 A Autora Explica o Que Houve, e Por Quê -- Sanatório, Califórnia, 25 de Julho de 1911 ME3 123 3 Prezado Irmão [F. M. Wilcox]: ME3 123 4 Há alguns dias recebi um exemplar da nova edição do livro O Grande Conflito, recentemente publicado em Mountain View, e também um exemplar idêntico, editado em Washington. O livro me agrada. Tenho passado muitas horas a percorrer-lhe as páginas, e vejo que as casas publicadoras fizeram bom trabalho. ME3 123 5 Prezo mais o livro O Grande Conflito do que prata ou ouro, e desejo grandemente que seja apresentado ao povo. Enquanto escrevia o manuscrito de O Grande Conflito, eu me sentia muitas vezes consciente da presença dos anjos de Deus. E muitas vezes as cenas das quais eu estava escrevendo me eram novamente apresentadas em visões da noite, de modo que se achavam frescas e vívidas em minha mente. ME3 123 6 Foi recentemente necessário compor de novo esse livro, devido a estarem muito gastas as chapas de electrotipia. Muito me custou mandar fazer isso, porém não me queixo; pois, seja qual for o custo, encaro esta nova edição com grande alegria. ME3 123 7 Li ontem o que G. C. White escreveu ultimamente para os agentes de colportagem e para os homens responsáveis em nossas casas editoras quanto à última edição de O Grande Conflito, e penso que ele apresentou bem e corretamente o assunto. ME3 123 8 Quando fiquei sabendo que O Grande Conflito precisa ser recomposto, decidi fazermos detido exame de tudo, para ver se as verdades que ele continha estavam expressas da melhor maneira para convencerem as pessoas não pertencentes à nossa fé de que o Senhor me guiara e sustivera ao escrever suas páginas. ME3 124 1 Em resultado do exame cabal feito por nossos obreiros mais experientes, foi proposto fazerem-se algumas mudanças na fraseologia. Estas mudanças, examinei com cuidado, e aprovei. Sinto-me grata por minha vida haver sido poupada, e por eu ter forças e clareza de mente para esta e outras obras literárias. ME3 124 2 Enquanto preparava o livro Atos dos Apóstolos, o Senhor conservou-me o espírito em perfeita paz. Este livro logo estará pronto para publicação. Quando estiver, se o Senhor achar por bem deixar-me descansar, eu direi: Amém e Amém. Se o Senhor me poupar a vida, continuarei a escrever, e a dar meu testemunho na congregação do povo, segundo o Senhor me der força e guia. ... -- Carta 56, 1911. Ellen G. White. ------------------------Capítulo 19 -- A encarnação A plenitude da humanidade de Cristo ME3 127 1 Não podemos compreender como Cristo Se tornou um pequeno e indefeso bebê. Ele poderia ter vindo à Terra com tal beleza que teria sido diferente dos filhos dos homens. Sua face poderia ter sido resplandecente de luz, e Sua forma poderia ter sido alta e bela. Poderia ter vindo de tal maneira que encantasse os que olhassem para Ele; esta não era, porém, a maneira planejada por Deus para que Ele viesse entre os filhos dos homens. ME3 127 2 Ele devia ser semelhante aos que pertenciam à família humana e à raça judaica. Suas feições deviam ser como as dos outros seres humanos, e não devia ter tal beleza pessoal que o povo O assinalasse como diferente dos outros. Devia vir como alguém da família humana e colocar-Se como homem perante o Céu e a Terra. Veio para tomar o lugar do homem, empenhar-Se em seu favor, pagar o débito que os pecadores deviam. Levaria uma vida pura sobre a Terra e mostraria que Satanás proferira uma falsidade quando ele alegou que a família humana lhe pertencia para sempre, e que Deus não poderia arrebatar os homens de suas mãos. ME3 127 3 Os homens contemplaram pela primeira vez a Cristo como um bebê, como uma criancinha. ... ME3 128 1 Quanto mais pensamos sobre o ato de Cristo tornar-Se um bebê aqui na Terra, tanto mais admirável isso parece ser. Como pode suceder que a indefesa criancinha na manjedoura de Belém ainda é o divino Filho de Deus? Conquanto não possamos compreendê-lo, podemos crer que Aquele que criou os mundos, por nossa causa tornou-Se um indefeso bebê. Embora fosse mais elevado do que qualquer dos anjos, embora fosse tão grande como o Pai sobre o trono do Céu, Ele tornou-Se um conosco. Nele Deus e o homem passaram a ser um, e é neste fato que encontramos a esperança de nossa raça decaída. Olhando para Cristo na carne, olhamos para Deus na humanidade, e vemos nEle o resplendor da glória divina, a expressa imagem de Deus, o Pai. -- The Signs of the Times, 21 de Novembro de 1895. Cristo desceu ao nível da humanidade decaída ME3 128 2 Cristo fez um sacrifício infinito. Deu Sua própria vida por nós. Tomou sobre Sua alma divina o resultado da transgressão da lei de Deus. Pondo de lado Sua coroa real, dignou-Se a descer, passo a passo, até o nível da humanidade decaída. ME3 128 3 Do Jordão, foi Jesus conduzido ao deserto da tentação. "E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então o tentador, aproximando-se, Lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães." Mateus 4:2, 3. ME3 128 4 Cristo estava sofrendo as mais fortes ânsias da fome, e essa tentação foi muito severa. Ele precisava começar, porém, a obra da redenção exatamente onde começara a ruína. Adão falhara no tocante ao apetite, e Cristo precisava vencer nesse sentido. O poder que repousou sobre Ele veio diretamente do Pai, e não devia exercê-lo em Seu próprio benefício. Com esse longo jejum inseriu-se em Sua experiência uma força e poder que só Deus podia dar. Ele enfrentou e repeliu o inimigo na força de um "Assim diz o Senhor". "Não só de pão viverá o homem -- disse Ele -- mas de toda palavra que procede da boca de Deus." Verso 4. ME3 128 5 É o privilégio de todos os tentados da Terra ter essa força. A experiência de Cristo é para nosso benefício. Seu exemplo em vencer o apetite indica como podem ver vitoriosos aqueles que querem ser Seus seguidores. ME3 129 1 Cristo estava sofrendo como os membros da família humana sofrem sob a tentação; mas não era a vontade de Deus que Ele exercesse Seu poder divino em Seu próprio favor. Se Ele não fosse nosso representante, a inocência de Cristo ter-Lhe-ia poupado toda essa angústia; foi, porém, devido a Sua inocência que Ele sentiu tão intensamente os ataques de Satanás. Todo o sofrimento que constitui o resultado do pecado foi lançado no seio do inocente Filho de Deus. Satanás estava ferindo o calcanhar de Cristo, mas toda aflição suportada por Cristo, todo pesar, toda ansiedade, estava cumprindo o grande plano da redenção do homem. Todo golpe desferido pelo inimigo voltava-se contra ele mesmo. Cristo estava esmagando a cabeça da serpente. -- The Youth's Instructor, 21 de Dezembro de 1899. Cristo era suscetível de ceder à tentação? ME3 129 2 Em sua carta acerca das tentações de Cristo, você diz: "Se Ele era Um com Deus, não poderia cair." ... O ponto que você me pergunta é: Na grande cena do conflito de nosso Senhor no deserto, aparentemente sob o poder de Satanás e seus anjos, era Ele suscetível, em Sua natureza humana, de ceder a essas tentações? ME3 129 3 Procurarei responder a essa importante pergunta: Como Deus, Ele não podia ser tentado; mas, como homem, podia sê-lo, e isso fortemente, e podia ceder às tentações. Sua natureza humana teria de passar pela mesma prova e provação que Adão e Eva. Sua natureza humana foi criada; ela nem sequer possuía os poderes angélicos. Era humana, idêntica à nossa. Ele estava transpondo o terreno em que Adão caiu. Achava-se agora no ponto em que, se resistisse à prova e provação em favor da raça decaída, redimiria o ignominioso fracasso e queda de Adão, em nossa própria humanidade. ME3 129 4 Cristo tinha um corpo humano e uma mente humana -- Seu corpo e Sua mente eram humanos. Ele era osso dos nossos ossos e carne da nossa carne. Esteve sujeito à pobreza desde Sua primeira entrada no mundo. Esteve sujeito a decepções e provas em Seu próprio lar, entre Seus próprios irmãos. Não Se achava rodeado, como nas cortes celestiais, de seres puros e belos. Estava cercado de dificuldades. Veio ao nosso mundo para manter um caráter puro e sem pecado, e para refutar a mentira de Satanás de que não era possível aos seres humanos guardar a lei de Deus. Cristo veio viver a lei em Seu caráter humano exatamente na maneira pela qual todos podem viver a lei na natureza humana se procederem como Cristo procedeu. Ele inspirou santos homens do passado a escreverem para benefício do homem: "Que se apoderem da Minha força, e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo." Isaías 27:5. ME3 130 1 Foram tomadas amplas providências para que o homem finito e decaído possa estar tão ligado com Deus que, por meio da mesma Fonte pela qual Cristo venceu em Sua natureza humana, ele consiga resistir firmemente a todas as tentações, como Cristo o fez. Ele esteve sujeito às desvantagens a que está sujeita a natureza humana. Respirou o ar do mesmo mundo que nós respiramos. Permaneceu e viajou no mesmo mundo em que habitamos, o qual, segundo as provas concretas que temos, não era mais propício à graça e à justiça do que é hoje. ME3 130 2 Seus atributos podem ser nossos -- É nosso privilégio possuir os mais altos atributos de Seu Ser, se por meio das providências tomadas por Ele nos apropriarmos dessas bênçãos e diligentemente cultivarmos o bem em lugar do mal. Temos razão, consciência, memória, vontade, afeições -- todos os atributos que um ser humano pode possuir. Mediante a providência tomada quando Deus e o Filho de Deus fizeram um concerto para libertar o homem da escravidão de Satanás, foram providos todos os meios para que a natureza humana se unisse com a Sua natureza divina. Nessa natureza é que nosso Senhor foi tentado. Ele poderia ter cedido às enganosas sugestões de Satanás, como Adão o fez, mas devemos adorar e glorificar o Cordeiro de Deus por não haver cedido um i ou um til em nenhum ponto. ME3 131 1 Duas naturezas irmanadas em Cristo -- Sendo participantes da natureza divina podemos permanecer puros, e santos e incontaminados. A Divindade não Se tornou humana, e o humano não foi deificado pela fusão das duas naturezas. Cristo não possuía a mesma deslealdade pecaminosa, corrupta e decaída que nós possuímos, pois então Ele não poderia ser um sacrifício perfeito. -- Manuscrito 94, 1893. ME3 131 2 A realidade das tentações de Cristo -- Quando enfrenta provas e perplexidades, o seguidor de Cristo não deve ficar desalentado. Não deve abandonar a sua confiança se não conseguir realizar todas as suas expectativas. Quando for fustigado pelo inimigo, deve lembrar-se da vida de provação e desalento do Salvador. Seres celestiais serviram a Cristo em Sua necessidade; isso não fez, porém, com que a vida do Salvador fosse isenta de conflitos e tentações. Ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Se o Seu povo seguir este exemplo, eles serão imbuídos de Seu Espírito, e anjos celestiais os servirão. ... ME3 131 3 As tentações às quais Cristo foi submetido eram uma terrível realidade. Como livre agente moral, Ele foi posto à prova, com liberdade para ceder às tentações de Satanás e agir em oposição à vontade de Deus. Se assim não fora, se não fosse possível que Ele caísse, não poderia ter sido tentado em todos os pontos como a família humana é tentada. ME3 131 4 As tentações de Cristo e Seus sofrimentos diante delas eram proporcionais a Seu elevado caráter sem pecado. Mas em todo momento de aflição Cristo volvia-Se para Seu Pai. Ele "resistiu até ao sangue" naquela hora em que o temor do fracasso moral era como o temor da morte. Quando Ele Se prostrou no Getsêmani, na agonia de Sua alma, gotas de sangue caíram-Lhe dos poros e umedeceram os torrões de terra. Orou com fortes clamores e lágrimas, e foi ouvido naquilo que temia. Deus O fortaleceu, como fortalecerá a todos os que se humilharem, lançando-se de alma, corpo e espírito nas mãos de um Deus que guarda o concerto. ME3 132 1 Sobre a cruz Cristo conheceu, como nenhuma outra pessoa pode conhecer, o terrível poder das tentações de Satanás, e Seu coração transbordou de compaixão e perdão pelo ladrão moribundo, que havia sido enganado pelo inimigo. -- The Youth's Instructor, 26 de Outubro de 1899. ME3 132 2 O coração de Cristo foi lancinado por uma dor muito mais pungente do que a dor causada pelos pregos que Lhe foram cravados nas mãos e nos pés. Estava levando os pecados do mundo inteiro, suportando nossa punição -- a ira de Deus contra a transgressão. Sua aflição abrangeu a atroz tentação de pensar que fora abandonado por Deus. Sua alma foi afligida pela pressão de grande treva, temendo que Ele Se desviasse de Sua retidão durante a terrível provação. ME3 132 3 A menos que haja a possibilidade de ceder, a tentação não é tentação. Ela é resistida quando o homem é fortemente influenciado a cometer uma má ação; e, sabendo que pode praticá-la, resiste, pela fé, com firme apego ao poder divino. Foi esta a provação pela qual Cristo passou. -- The Youth's Instructor, 20 de Julho de 1899. ME3 132 4 Podemos vencer como Cristo venceu -- O amor e a justiça de Deus, e também a imutabilidade de Sua lei, são manifestados pela vida do Salvador, não menos que por Sua morte. Ele assumiu a natureza humana, com suas debilidades, com suas deficiências, com suas tentações. ... Foi "tentado em todas as coisas, à nossa semelhança". Hebreus 4:15. Não exerceu em Seu próprio benefício nenhum poder que o homem não possa exercer. Enfrentou a tentação como homem, e venceu na força que Lhe foi concedida por Deus. Ele nos dá um exemplo de perfeita obediência. Tomou providências para que nos tornemos participantes da natureza divina, e nos assegura que podemos vencer como Ele venceu. Sua vida testificou que com a ajuda do mesmo poder divino que Cristo recebeu, é possível ao homem obedecer à lei de Deus. -- Manuscrito 141, 1901. Deus enviou um ser sem pecado a este mundo ME3 132 5 Deus fez por nós o melhor de tudo que Ele podia fazer quando enviou do Céu um Ser sem pecado, para manifestar a este mundo de pecado o que aqueles que são salvos precisam ser no caráter -- puros, santos e imaculados, tendo Cristo formado no íntimo. Ele enviou Seu ideal em Seu Filho, e ordenou que os homens edifiquem caráter em harmonia com esse ideal. -- Carta 58, 1906. O homem foi criado com natureza moral sem pecado ME3 133 1 Nos concílios do Céu, Deus disse: "Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança. ... Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou." Gênesis 1:26, 27. O Senhor criou as faculdades morais do homem e suas faculdades físicas. Tudo era uma reprodução sem pecado de Sua própria Pessoa. Deus dotou o homem de santos atributos e colocou-o num jardim feito especialmente para ele. Só o pecado podia arruinar os seres criados pela mão do Onipotente. -- The Youth's Instructor, 20 de Julho de 1899. As enfermidades dos outros levadas vicariamente ME3 133 2 Só Cristo era capaz de levar as angústias de toda a família humana. "Em toda a angústia deles foi Ele angustiado." Ele nunca teve alguma doença em Sua própria carne, mas levou as enfermidades dos outros. Quando a humanidade sofredora se acotovelava ao Seu redor, Aquele que estava no gozo de perfeita varonilidade como que era afligido com eles. ... ME3 133 3 Em Sua vida na Terra, Cristo desenvolveu um caráter perfeito; Ele prestou perfeita obediência aos mandamentos de Seu Pai. Ao vir ao mundo em forma humana, ao ficar sujeito à lei, ao revelar aos homens que Ele levava suas enfermidades, suas tristezas, suas culpas, não Se tornou um pecador. Podia dizer diante dos fariseus: "Quem dentre vós Me convence de pecado?" Não houve nEle nenhuma mancha de pecado. Postou-Se diante do mundo como o imaculado Cordeiro de Deus. -- The Youth's Instructor, 29 de Dezembro de 1898. A impecaminosidade de Cristo perturbava a Satanás ME3 133 4 Cristo, o Redentor do mundo, não estava situado onde as influências que O cercavam eram as mais apropriadas para preservar uma vida de pureza e moral imaculada; contudo, Ele não foi contaminado. Não esteve livre de tentações. Satanás foi diligente e perseverante em seus esforços para enganar e vencer o Filho de Deus com seus ardis. ME3 134 1 Cristo foi a única pessoa que andou sobre a Terra em quem não havia nenhuma mancha de pecado. Ele era puro, imaculado e irrepreensível. Que houvesse sobre a Terra Alguém sem a contaminação do pecado perturbava grandemente o autor do pecado, e ele não deixou de usar nenhum meio para vencer a Cristo com o seu poder ardiloso e enganador. Mas nosso Salvador recorria a Seu Pai celestial em busca de sabedoria e força para resistir ao tentador e vencê-lo. O Espírito de Seu Pai celeste animava e regia Sua vida. Ele era sem pecado. A virtude e a pureza caracterizavam Sua vida. -- The Youth's Instructor, Fevereiro de 1873. Nossa decaída natureza humana ligada com a divindade de Cristo ME3 134 2 Embora não houvesse nenhuma mancha de pecado em Seu caráter, Ele condescendeu em ligar nossa decaída natureza humana com a Sua divindade. Tomando assim a natureza humana, Ele honrou a humanidade. Tendo assumido nossa natureza decaída, Ele demonstrou o que ela poderia tornar-se pela aceitação da ampla provisão que fizera para ela e tornando-se participante da natureza divina. -- Carta 81, 1896. Tentado como as crianças hoje em dia ME3 134 3 Talvez alguém pense que Cristo, em virtude de ser o Filho de Deus, não tinha tentações como as crianças têm agora. As Escrituras dizem que Ele foi tentado em todos os pontos como nós somos tentados. -- The Youth's Instructor, Abril de 1873. O que é efetuado pela encarnação ME3 134 4 O Senhor não fez o homem para ser resgatado, e, sim, para apresentar Sua imagem. Mas, devido ao pecado, o homem perdeu a imagem de Deus. É unicamente pela redenção do homem que Deus pode realizar Seu desígnio de torná-lo filho de Deus. ME3 134 5 "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai. ... Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude, e graça sobre graça." João 1:12-16. ME3 135 1 Devido ao resgate pago por ele, o homem, por sua própria escolha, pela obediência, pode cumprir o desígnio de Deus, e, mediante a graça concedida por Deus, levar a imagem que a princípio foi impressa sobre ele e depois se perdeu devido à queda. ... ME3 135 2 A obediência de Cristo não é completamente diferente da nossa -- O grande Mestre veio a nosso mundo, não somente para fazer expiação pelo pecado, mas também para ser um mestre tanto por preceito como pelo exemplo. Veio mostrar ao homem como guardar a lei na humanidade, de modo que ele não tivesse nenhuma desculpa para seguir seu próprio critério imperfeito. Vemos a obediência de Cristo. Sua vida era sem pecado. A obediência durante toda a Sua vida é uma censura à humanidade desobediente. A obediência de Cristo não deve ser posta de lado como se fosse completamente diferente da obediência que Ele requer de nós individualmente. Cristo nos mostrou que é possível para toda a humanidade obedecer às leis de Deus. ... ME3 135 3 O trabalho de Cristo não foi um serviço de coração dividido. Cristo veio, não para fazer Sua própria vontade, e, sim, a vontade dAquele que O enviou. Jesus declara: "Andai nas pegadas de Minha qualidade de Filho, em toda a obediência. Eu obedeço como sócio da grande firma. Deveis obedecer como em sociedade com o Filho de Deus. Muitas vezes não vereis claramente o caminho; rogai, então, a Deus, e Ele vos dará sabedoria e coragem e fé para avançar, deixando todas as questões com Ele." Precisamos compreender, na medida do possível, a verdadeira natureza humana de nosso Senhor. O divino e o humano foram unidos em Cristo, e ambos eram completos. ME3 135 4 Nosso Salvador assumiu a verdadeira relação de um ser humano como o Filho de Deus. Somos filhos e filhas de Deus. A fim de saber como portar-nos circunspectamente, precisamos seguir aonde Cristo nos conduz. Durante trinta anos Ele levou a vida de um homem perfeito, cumprindo a mais elevada norma de perfeição. Portanto, embora imperfeito, espere o homem em Deus, não dizendo: "Se eu tivesse um temperamento diferente, serviria a Deus", mas dedique-se a Ele em verdadeiro serviço. ... Aquela natureza foi redimida por Mim. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome" (João 1:12) -- não sois degradados, mas elevados, enobrecidos e aprimorados por Mim. Podeis encontrar refúgio em Minha Pessoa. Podeis alcançar vitória e ser mais que vencedores em Meu nome. -- Carta 69, 1897. Satanás declarou que o homem não podia guardar a lei de Deus ME3 136 1 O Redentor do mundo passou pelo terreno em que Adão caiu porque desobedeceu à explícita lei de Jeová; e o unigênito Filho de Deus veio ao nosso mundo como homem, para revelar ao mundo que os homens podem guardar a lei de Deus. Satanás, o anjo caído, declarara que nenhum homem podia guardar a lei de Deus depois da desobediência de Adão. Ele alegava que toda a raça humana estava sob o seu domínio. ME3 136 2 O Filho de Deus colocou-Se em lugar do pecador, e passou pelo terreno em que Adão caiu, e suportou a tentação no deserto, a qual era cem vezes mais forte do que aquilo que já incidiu ou virá a incidir sobre a raça humana. Jesus resistiu às tentações de Satanás do mesmo modo que toda alma tentada pode resistir: chamando-lhe a atenção para o relato inspirado e dizendo: "Está escrito." ME3 136 3 A humanidade pode guardar a lei de Deus pelo poder divino -- Cristo venceu as tentações de Satanás como homem. Toda pessoa pode vencer como Cristo venceu. Ele humilhou-Se por causa de nós. Foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança. Remiu o ignominioso fracasso e queda de Adão, e foi vitorioso, demonstrando assim a todos os mundos não caídos, e à humanidade decaída, que o homem podia guardar os mandamentos de Deus pelo poder divino que lhe é concedido pelo Céu. Jesus, o Filho de Deus, humilhou-Se por causa de nós, suportou a tentação por nós, venceu em nosso favor para mostrar-nos como podemos ser vitoriosos. Ele ligou assim os Seus interesses com a humanidade pelos laços mais íntimos e deu a positiva certeza de que não seremos tentados além das nossas forças, pois juntamente com a tentação proverá livramento. ME3 137 1 O Espírito Santo nos habilita a ser vitoriosos -- O Espírito Santo foi prometido para estar com os que lutassem pela vitória, em demonstração de todo o poder, dotando o instrumento humano de forças sobrenaturais e instruindo os ignorantes nos mistérios do reino de Deus. Que o Espírito Santo seria o grande Ajudador é uma maravilhosa promessa. Qual teria sido a utilidade para nós que o Filho unigênito de Deus Se humilhasse a Si mesmo, suportasse as tentações do astuto inimigo e lutasse com ele durante toda a Sua vida na Terra, e morresse o Justo pelos injustos para que a humanidade não perecesse, se o Espírito não fosse dado como constante e atuante agente regenerador para tornar eficaz, em nossos casos, o que foi realizado pelo Redentor do mundo? ME3 137 2 A comunicação do Espírito Santo habilitou os Seus discípulos, os apóstolos, a resistir firmemente a toda espécie de idolatria, e a exaltar o Senhor, e só a Ele. Quem, a não ser Jesus Cristo por Seu Espírito e divino poder, guiou a pena dos historiadores sagrados para que fosse apresentado ao mundo o precioso relato das palavras e obras de Jesus Cristo? ME3 137 3 O prometido Espírito Santo, ao qual Ele enviaria depois que ascendesse ao Pai, está constantemente em atividade a fim de chamar a atenção para o grande sacrifício oficial na cruz do Calvário e revelar ao mundo o amor de Deus pelo homem, e patentear à alma convicta as preciosas coisas contidas nas Escrituras, e franquear a mentes obscurecidas os brilhantes raios do Sol da Justiça; as verdades que lhes fazem arder o coração com a avivada compreensão das realidades da eternidade. ME3 137 4 Quem, a não ser o Espírito Santo, apresenta à mente a norma moral de justiça e convence do pecado, produzindo tristeza segundo Deus, a qual ocasiona arrependimento do qual ninguém precisa arrepender-se, e inspira o uso da fé nAquele que é o único que pode salvar de todo pecado? ME3 138 1 Quem, a não ser o Espírito Santo, pode trabalhar com mentes humanas para transformar o caráter, tirando as afeições daquilo que é temporal e perecível, e imbuindo a alma de ardente desejo por apresentar a herança incorruptível, a eterna substância que é imperecível, e recria, refina e santifica os instrumentos humanos para que se tornem membros da família real, filhos do celeste Rei?... ME3 138 2 Cristo venceu o pecado como homem -- A queda de nossos primeiros pais quebrou a áurea corrente da implícita obediência da vontade humana à vontade divina. A obediência não tem sido mais considerada uma absoluta necessidade. Os instrumentos humanos seguem sua própria imaginação, a qual, disse o Senhor dos habitantes do mundo antigo, era continuamente má. O Senhor Jesus declara: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." Como? Como homem. "Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a Tua vontade." Ele resistiu às acusações dos judeus em Seu caráter puro, virtuoso e santo, e desafiou-os: "Quem dentre vós Me convence de pecado?" ME3 138 3 Nosso exemplo e sacrifício pelo pecado -- O Redentor do mundo veio não somente para ser um sacrifício pelo pecado, mas também para ser um exemplo ao homem em todas as coisas, um santo caráter humano. Ele era um Mestre, tal educador como o mundo nunca viu nem ouviu antes disso. Falava como quem tem autoridade, e, contudo, atrai a confiança de todos. "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. ME3 138 4 O Filho unigênito do Deus infinito deixou-nos, por Suas palavras e por Seu exemplo prático, um claro modelo que devemos imitar. Por Suas palavras, ensinou-nos a obedecer a Deus, e por Seu próprio exemplo mostrou-nos como podemos obedecer a Deus. ME3 139 1 Cristo não somente deu regras explícitas mostrando como podemos tornar-nos filhos obedientes, mas também nos mostrou em Sua própria vida e caráter como fazer exatamente aquilo que é correto e aceitável para Deus, de modo que não haja desculpa para não realizarmos as coisas que são agradáveis a Sua vista. ME3 139 2 Ele refutou a acusação de Satanás -- Sempre devemos ser gratos porque Jesus provou para nós, por fatos concretos, que o homem pode guardar os mandamentos de Deus, contradizendo a falsidade de Satanás de que o homem não pode guardá-los. O Grande Mestre veio ao nosso mundo para estar à frente da humanidade, para assim elevar e santificar a humanidade por Sua santa obediência a todos os requisitos de Deus, mostrando que é possível obedecer a todos os mandamentos de Deus. Ele demonstrou que é possível uma obediência que dure toda a vida. Portanto Ele dá ao mundo homens escolhidos e representativos, como o Pai deu o Filho, para exemplificarem em sua vida a vida de Jesus Cristo. ME3 139 3 Ele resistiu à prova como verdadeiro ser humano -- Não precisamos classificar a obediência de Cristo, por si mesma, como alguma coisa para a qual Ele Se achava particularmente adaptado, por Sua especial natureza divina, pois Ele Se encontrava diante de Deus como o representante do homem e foi tentado como substituto e fiador do homem. Se Cristo possuísse um poder especial que o homem não tem o privilégio de possuir, Satanás ter-se-ia aproveitado desse fato. A obra de Cristo era tirar das reivindicações de Satanás o seu domínio sobre o homem, e só podia fazê-lo da maneira como Ele veio -- como homem, tentado como homem e prestando a obediência de um homem. ... ME3 139 4 Tende em mente que a vitória e a obediência de Cristo são as de um verdadeiro ser humano. Em nossas conclusões, cometemos muitos erros devido a nossas idéias errôneas acerca da natureza humana de nosso Senhor. Quando atribuímos a Sua natureza humana um poder que não é possível que o homem tenha em seus conflitos com Satanás, destruímos a inteireza de Sua humanidade. Ele concede Sua graça e poder imputados a todos os que O aceitam pela fé. A obediência de Cristo a Seu Pai era a mesma obediência que é requerida do homem. ME3 140 1 O homem não pode vencer as tentações de Satanás sem combinar o poder divino com a sua instrumentalidade. Assim foi com Jesus Cristo: Ele podia lançar mão do poder divino. Ele não veio ao nosso mundo para prestar a obediência de um Deus inferior a um superior, mas como homem, para obedecer à Santa Lei de Deus, e desta maneira Ele é nosso exemplo. ME3 140 2 Jesus mostrou o que o homem podia fazer -- O Senhor Jesus veio ao nosso mundo, não para revelar o que Deus podia fazer, e, sim, o que o homem podia realizar, mediante a fé no poder de Deus para ajudar em toda emergência. O homem deve, pela fé, ser participante da natureza divina e vencer toda tentação com que é assaltado. O Senhor requer agora que todo filho e filha de Adão, pela fé em Jesus Cristo, O sirva na natureza humana que temos atualmente. ME3 140 3 O Senhor Jesus pôs uma ponte sobre o abismo causado pelo pecado. Ele ligou a Terra com o Céu, e o homem finito com o Deus infinito. Jesus, o Redentor do mundo, só podia guardar os mandamentos de Deus da mesma maneira que a humanidade pode guardá-los. "Pelas quais nos têm sido doadas as Suas preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo." 2 Pedro 1:4. ME3 140 4 Precisamos seguir o exemplo de Cristo, tendo em mente Sua qualidade de Filho e Sua humanidade. Não foi como Deus que foi tentado no deserto, nem devia como Deus suportar as contradições dos pecadores contra Si mesmo. Foi a Majestade do Céu que Se tornou homem -- humilhou-Se até nossa natureza humana. ME3 140 5 Como devemos servir a Deus -- Não devemos servir a Deus como se não fôssemos humanos, mas servi-Lo na natureza que temos, a qual foi redimida pelo Filho de Deus; por meio da justiça de Cristo estaremos perdoados diante de Deus, e como se nunca houvéssemos pecado. Nunca obteremos força considerando o que poderíamos fazer se fôssemos anjos. Devemos volver-nos a Jesus Cristo pela fé, e manifestar nosso amor a Deus pela obediência a Seus preceitos. Jesus "foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado". Ele diz: "Segue-me." "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." -- Manuscrito 1, 1892. O verdadeiro significado da encarnação ME3 141 1 Cristo tomou sobre Si a natureza humana e depôs Sua vida como sacrifício, para que o homem, tornando-se participante da natureza divina, pudesse ter vida eterna. Cristo não somente era o Sacrifício, mas também o Sacerdote que ofereceu o sacrifício. "O pão que Eu darei pela vida do mundo -- disse Ele -- é a Minha carne." João 6:51. Ele era inocente de toda culpa. Deu-Se a Si mesmo em troca das pessoas que se haviam vendido a Satanás pela transgressão da lei de Deus -- Sua vida pela vida da família humana, a qual se tornou assim Sua propriedade adquirida. ME3 141 2 "Por isso o Pai Me ama -- disse Cristo -- porque Eu dou a Minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de Meu Pai." João 10:17, 18. ME3 141 3 "O salário do pecado é a morte." Romanos 6:23. Antes da queda de Adão, disse-lhe o Senhor: "No dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:17. "Se transgredires Minha lei, a morte certamente será tua punição." Desobedecendo à ordem de Deus, ele perdeu sua vida. ME3 141 4 Antes de sua queda, Adão estava livre dos resultados da maldição. Quando foi assaltado pelo tentador, não pesava sobre ele nenhum dos efeitos do pecado. Foi criado perfeito no pensamento e na ação. Mas cedeu ao pecado e caiu de sua elevada e santa posição. ME3 141 5 Em semelhança de carne pecaminosa -- Cristo, o segundo Adão, veio em semelhança de carne pecaminosa. Em benefício do homem, tornou-Se sujeito à tristeza, ao cansaço, à fome e à sede. Era sujeito à tentação, mas não cedeu ao pecado. NEle não havia nenhuma mancha de pecado. Jesus declarou: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai [em Minha vida terrestre]." João 15:10. Tinha infinito poder só porque era perfeitamente obediente à vontade de Seu Pai. O segundo Adão resistiu ao embate da prova e tentação para que pudesse tornar-Se o Proprietário de toda a humanidade. -- Manuscrito 99, 1903. ------------------------Capítulo 20 -- Princípios da maneira como foram expostos por Ellen G. White no começo de seu ministério ME3 145 1 Desviai o olhar do próprio eu e olhai para Jesus -- 1850 -- Disse o anjo: "Tende fé em Deus." Vi que alguns se esforçavam demais para crer. A fé é tão simples; vós olhais acima dela. Satanás procurou enganar alguns dos filhos sinceros, fazendo com que olhassem para o próprio eu e encontrassem merecimento aí. Vi que eles precisam desviar o olhar do próprio eu e olhar para os méritos de Jesus, apegando-se, exatamente tão dependentes e indignos como são, a Sua misericórdia e auferindo dEle, pela fé, força e nutrição. -- Carta 8, 1850. ME3 145 2 Confiai unicamente nos méritos de Jesus -- 1862 -- Todo membro da família deve ter em mente que todos têm de fazer tanto quanto lhes for possível para resistir a nosso astuto inimigo, e com fervente oração e inabalável fé, cada um deve apoiar-se nos méritos do sangue de Cristo, e reclamar-Lhe o poder salvador. ME3 145 3 Os poderes das trevas se adensam em torno da alma e excluem Jesus ao nosso olhar, e por vezes só nos é possível, em espanto e aflição, esperar até que as nuvens passem. Esses períodos às vezes são terríveis. A esperança parece falhar, e de nós se apodera o desespero. Nessas horas tremendas, precisamos aprender a confiar, a depender unicamente dos méritos da expiação, e em toda a nossa impotente indignidade, lançar-nos sobre os méritos do Salvador crucificado e ressurgido. Nunca pereceremos enquanto assim fizermos -- nunca!" -- Testimonies for the Church 1:309, 310 (1862). ME3 146 1 A verdade deve santificar a vida -- 1869 -- O irmão e a irmã P. têm uma obra para fazer no sentido de pôr em ordem sua própria casa e coração. ... [O irmão P.] não tem percebido e sentido a necessidade de que o Espírito de Deus no coração influencie a vida, as palavras e os atos. Ele tem feito de sua experiência religiosa, em grande parte, uma formalidade. ME3 146 2 Tem visto e reconhecido a teoria da verdade, mas não se inteirou da obra especial da santificação pela verdade. Tem aparecido o próprio eu. Se numa reunião era proferida alguma coisa que não se coadunava com o seu critério, ele censurava, não com amor e humildade, mas asperamente, com severas palavras contundentes. Essa linguagem rude não é própria para ser usada por um cristão, especialmente por aquele que necessita pessoalmente de muito mais experiência e que tem numerosos erros para serem corrigidos. -- Manuscrito 2, 1869. ME3 146 3 O fruto produzido pela verdadeira santificação -- 1874 -- Tendes defendido conceitos de santificação e santidade que não têm sido da genuína índole que produz fruto da devida qualidade. A santificação não é uma obra exterior. Não consiste em orar e exortar nas reuniões, mas se apodera da própria vida e modela as palavras e ações, transformando o caráter. ... ME3 146 4 Parece haver importantes posições que precisam ser ocupadas por homens que realmente sejam santificados, tendo o espírito do Mestre. E há a mais evidente necessidade de dominar o próprio eu, para que seu trabalho e esforços não sejam prejudicados pelos defeitos em seu caráter. -- Manuscrito 6, 1874. ME3 146 5 Caráter aperfeiçoado por Enoque e Elias -- 1874 -- Alguns, em toda geração desde Adão, resistiram a todos os seus artifícios e se destacaram como nobres representantes daquilo que o homem podia ser e fazer -- Cristo cooperando com os esforços humanos, ajudando o homem a vencer o poder de Satanás. Enoque e Elias constituem os corretos representantes do que a raça humana poderia ser pela fé em Jesus Cristo, se resolvessem sê-lo. Satanás ficou muito perturbado porque esses nobres e santos homens permaneceram impolutos entre a poluição moral que os rodeava, aperfeiçoaram caráter íntegro e foram considerados dignos para a trasladação ao Céu. Visto que eles se destacaram pela força moral em nobre retidão, vencendo as tentações de Satanás, este não pôde colocá-los sob o domínio da morte. Ele exultou por haver conseguido vencer a Moisés com suas tentações, prejudicar-lhe o ilustre caráter e induzi-lo ao pecado de atribuir a glória a si mesmo diante do povo que pertencia a Deus. -- The Review and Herald, 3 de Março de 1874. ME3 147 1 Fé e obras na salvação -- 1878 -- Todas as vossas boas obras não podem salvar-vos; no entanto, é impossível que sejais salvos sem boas obras. Todo sacrifício feito para Cristo será para vosso proveito eterno. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1878. ME3 147 2 A confiança em Cristo é essencial -- 1879 -- Cristo tem sido amado por você, embora sua fé às vezes tenha sido débil e suas perspectivas, confusas. Mas Jesus é seu Salvador. Ele não o salva porque você é perfeito, mas porque necessita dEle, e, em sua imperfeição, tem confiado nEle. Jesus o ama, meu querido filho. Você pode cantar: "Ainda podemos habitar em segurança sob o abrigo do Teu trono; a proteção dos Teus braços é suficiente, e nossa defesa é infalível." -- Carta 46, 1879. ME3 147 3 Obras de justiça pesadas no juízo -- 1881 -- Os pastores dizem às vezes ao povo que eles nada precisam fazer senão crer; que Jesus fez tudo, e que suas próprias obras não são nada. Mas a Palavra de Deus afirma claramente que no Juízo tudo será pesado acuradamente, e as decisões se basearão nas provas apresentadas. ME3 147 4 Um homem torna-se governador sobre dez cidades, outro sobre cinco, e outro sobre duas, recebendo cada qual exatamente em proporção com o aumento dos talentos confiados aos seus cuidados. Nossos esforços em obras de justiça, em nosso próprio benefício e pela salvação de almas, terão decisiva influência sobre nossa recompensa. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. ME3 148 1 A única esperança de Ellen White estava em Cristo -- 1881 -- Em minha perda recente, tive de perto uma visão da eternidade. Fui levada, por assim dizer, diante do grande trono branco, e vi minha vida como aparecerá ali. Não encontro nada de que possa jactar-me, nenhum mérito que possa reivindicar. ME3 148 2 "Indigna, indigna do menor de Teus favores, ó meu Deus", é o meu clamor. Minha única esperança está no Salvador crucificado e ressuscitado. Reivindico os méritos do sangue de Cristo. Jesus salvará totalmente todos os que depositam sua confiança nEle. -- The Review and Herald, 1 de Novembro de 1881. ME3 148 3 Esforçai-vos por alcançar perfeição de caráter -- 1882 -- Jamais poderemos ver nosso Senhor em paz se nossa alma não for pura. Precisamos possuir a perfeita imagem de Cristo. Todo pensamento tem de ser colocado em sujeição à vontade de Cristo. Segundo foi expresso pelo grande apóstolo, precisamos chegar "à medida da estatura da plenitude de Cristo". Jamais atingiremos essa condição sem diligente esforço. Devemos batalhar diariamente contra o mal exterior e o pecado interior, se quisermos alcançar a perfeição do caráter cristão. -- The Review and Herald, 30 de Maio de 1882. Elementos básicos apresentados na sessão da Associação Geral de 1883 ME3 148 4 Nota introdutória: Na sessão da Associação Geral realizada em 1883, em Battle Creek, Michigan, Ellen White dirigiu a palavra aos pastores em treze reuniões matinais consecutivas e falou à assembléia no sábado final. No ano seguinte a Review and Herald publicou toda a série. Em quatro dessas palestras ela expôs os princípios da justiça pela fé, da maneira como são apresentados nos trechos que seguem. Uma outra palestra fundamental: "Cristo, Justiça Nossa", adaptada a essas reuniões, foi publicada primeiro em Gospel Workers, edição de 1892, págs. 411-415, e reimpressa em Mensagens Escolhidas 1:350-354, e Fé e Obras, 31-34. -- Os Compiladores ME3 148 5 Sexta-feira, 9 de novembro de 1883 -- olhai para Jesus -- Esta manhã houve um espírito de fervorosa intercessão para que o Senhor Se revelasse entre nós com poder. Meu coração ficou especialmente empolgado em oração, e o Senhor nos ouviu e abençoou. Foram dados testemunhos por muitos que estavam desalentados, os quais achavam que suas imperfeições eram tão grandes que o Senhor não podia usá-los em Sua Causa. Esta era a linguagem da descrença. ME3 149 1 Procurei chamar a atenção dessas queridas almas para Jesus, o qual é nosso refúgio, socorro bem presente em todo momento de necessidade. Ele não nos abandona por causa de nossos pecados. Pode ser que cometamos erros e entristeçamos Seu Espírito, mas quando nos arrependemos e nos achegamos a Ele com o coração contrito, Ele não nos mandará embora. ... ME3 149 2 Sábado, 10 de novembro de 1883 -- vinde como estais -- Tenho ouvido testemunhos como este: "Não possuo a luz que desejo; não tenho a certeza do favor de Deus." Tais testemunhos só expressam descrença e trevas. ME3 149 3 Estais esperando que vosso mérito vos recomende ao favor de Deus e que precisais estar livres de pecado antes de confiar em Seu poder para salvar? Se for essa a luta travada em vossa mente, receio que não obtenhais força, e que acabeis ficando desanimados. Assim como a serpente de bronze foi levantada no deserto, Cristo também foi levantado para atrair todos os homens a Si mesmo. Todos os que olhavam para aquela serpente, o meio provido por Deus, foram curados. Assim, em nossa pecaminosidade, em nossa grande necessidade, devemos "olhar e viver". ME3 149 4 Embora reconheçamos nossa condição desesperadora sem Cristo, não precisamos ficar desalentados; devemos confiar nos méritos do Salvador crucificado e ressurreto. Pobre alma enferma do pecado, e desalentada, olhe, e viva. Jesus empenhou Sua palavra; Ele salvará todos os que forem ter com Ele. Venhamos, portanto, confessando nossos pecados e produzindo frutos dignos do arrependimento. ME3 149 5 Jesus é nosso Salvador hoje. Está intercedendo por nós no lugar santíssimo do santuário celestial, e perdoará nossos pecados. Faz toda a diferença no mundo para nós espiritualmente se nos apoiamos em Deus, sem nenhuma dúvida, como sobre um firme fundamento, ou se procuramos encontrar alguma justiça em nós mesmos antes de ir ter com Ele. Desviai o olhar do próprio eu e olhai para o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. É pecado duvidar. A menor descrença, se for acalentada no coração, envolve a alma em culpa e ocasiona grande escuridão e desalento. ... ME3 150 1 Alguns parecem sentir que precisam estar sob observação e provar ao Senhor que se emendaram, antes de poder reivindicar Sua bênção. Mas, essas preciosas almas podem reivindicar a bênção de Deus agora mesmo. Precisam ter Sua graça, o espírito de Cristo para ajudá-los em suas debilidades, do contrário não poderão formar caráter cristão. Jesus gosta que vamos ter com Ele assim como estamos -- pecaminosos, desamparados, dependentes. Afirmamos ser filhos da luz, não da noite nem das trevas; qual é o direito que temos de ser descrentes? -- The Review and Herald, 22 de Abril de 1884. ME3 150 2 Quarta-feira, 14 de novembro de 1883 -- religião verdadeira significa conformidade com a vontade de Deus -- Alguns estão sempre olhando para si mesmos, em vez de olhar para Jesus; mas, irmãos, precisais estar revestidos da justiça de Cristo. Se confiais em vossa própria justiça, realmente sois fracos; pois estais expostos aos dardos de Satanás, e depois dos privilégios que agora estais desfrutando, tereis de encontrar severos conflitos. Sois demasiado frios. A obra é prejudicada por vossa falta daquele amor que ardia no coração de Jesus. Tendes mui pouca fé. Esperais pouco, e, como resultado, recebeis pouco; e vos contentais com bem pequeno êxito. Correis o perigo de enganar-vos a vós mesmos, e de ficar satisfeitos com uma forma de piedade. Isso nunca surtirá efeito. ME3 150 3 Deveis ter viva fé em vosso coração; a verdade tem de ser pregada com poder do alto. Só podeis alcançar o povo quando Jesus opera por meio de vossos esforços. A Fonte está aberta; podemos ser revigorados e, por nossa vez, revigorar a outros. Se vossa própria alma fosse vivificada pelas solenes e significativas verdades que pregais, desapareceriam a insensibilidade, a desatenção e a indolência, e outros sentiriam a influência de vosso zelo e fervor. ME3 150 4 Religião verdadeira não é senão conformidade com a vontade de Deus, e obediência a tudo aquilo que Ele ordenou; e, em compensação, nos dá vida espiritual, nos imputa a justiça de Cristo e promove o salutar e ditoso exercício das melhores faculdades da mente e do coração. Riquezas infinitas, a glória e a bem-aventurança da vida eterna nos são outorgadas sob condições tão simples que põem o inestimável dom ao alcance dos mais pobres e pecaminosos. Só temos de obedecer e crer. E os Seus mandamentos não são penosos; a obediência aos Seus requisitos é essencial a nossa felicidade mesmo nesta vida. -- The Review and Herald, 27 de Maio de 1884. ME3 151 1 Segunda-feira, 19 de novembro de 1883 -- olhai para Ele, e vivei -- Quantos estão fazendo do ato de andar no caminho estreito da santidade um árduo esforço. Para muitos, a paz e o descanso desse bendito caminho não parecem estar mais perto hoje do que anos atrás. Eles olham ao longe para aquilo que está perto; tornam complicado o que Jesus tornou bem simples. Ele é "o Caminho, e a Verdade, e a Vida". O plano da salvação é claramente revelado na Palavra de Deus; mas a sabedoria do mundo tem sido buscada em demasia, e a sabedoria da justiça de Cristo, muito pouco. E as almas que poderiam ter descansado no amor de Jesus, têm duvidado, e se preocupam com muitas coisas. ME3 151 2 Os testemunhos dados aqui não expressam grande fé. Não é difícil crer que Jesus perdoará a outros, mas parece impossível que cada um exerça viva fé por si mesmo. No entanto, queridos irmãos, é proveitoso expressar dúvidas quanto à boa vontade de Cristo para aceitar-vos? Receio que estejais confiando demais nos sentimentos, fazendo disso um critério. Estais perdendo muita coisa com essa atitude; não somente estais enfraquecendo vossa própria alma, mas também a alma de outros que olham para vós. ME3 151 3 Deveis confiar em Jesus por vós mesmos, apropriar-vos das promessas de Deus para vós mesmos; do contrário, como podeis ensinar outros a ter humilde e santa confiança nEle? Achais que tendes negligenciado deveres e que não orastes como devíeis fazer. ME3 151 4 Pareceis estar distantes de Jesus, e pensais que Ele Se afastou de vós; mas, fostes vós que vos separastes dEle. Jesus está à espera de vosso retorno. Ele aceitará o coração contrito. Seus lábios nos asseguram que Ele está mais disposto para dar o Espírito Santo aos que Lho pedirem, do que os pais para dar boas dádivas a seus filhos. ME3 152 1 Estamos feridos e contaminados pelo pecado; que havemos de fazer para ser curados de sua lepra? Até onde estiver ao vosso alcance fazê-lo, purificai o templo da alma de toda contaminação, e olhai então para o "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. ME3 152 2 Se estais cientes de vossas necessidades, não dediqueis todas as vossas energias para expô-las e afligir-vos por sua causa; mas olhai e vivei. Jesus é o nosso único Salvador; e, embora milhões que precisam ser curados rejeitem a misericórdia oferecida por Ele, ninguém que confia em Seus méritos será deixado a perecer. ME3 152 3 Por que recusais ir a Jesus e receber descanso e paz? Podeis ter a bênção esta manhã. Satanás insinua que sois incompetentes e não podeis abençoar a vós mesmos. É verdade; sois incompetentes. Exaltai, porém, a Jesus diante dele: "Tenho um Salvador. Confio nEle, e Ele nunca permitirá que eu seja confundido. Triunfo em Seu nome. Ele é minha justiça, e minha coroa de glória." Que ninguém, aqui, sinta que seu caso é desesperador, pois não é. ME3 152 4 Talvez tenhais a impressão de que sois pecaminosos e desvalidos; mas é precisamente por esse motivo que necessitais de um Salvador. Se tendes pecados a confessar, não percais tempo. Estes momentos são áureos. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. Os que têm fome e sede de justiça serão fartos; pois Jesus o prometeu. Precioso Salvador! Seus braços estão abertos para receber-nos, e Seu grande coração de amor está à espera para abençoar-nos. -- The Review and Herald, 1 de Julho de 1884. ME3 152 5 Falsa santificação -- 1885 -- Havia um homem, um pastor que não era adventista do sétimo dia, chamado Brown; talvez o conheçais. Ele alegava ser santo. "A idéia de arrependimento -- dizia -- não está na Bíblia. Se alguém vem a mim e diz que crê em Jesus, eu o levo imediatamente para dentro da igreja, quer seja batizado, ou não; tenho feito assim com um bom número de pessoas." E acrescenta: "Não cometi nenhum pecado em seis anos." ME3 153 1 "Há alguns neste navio -- diz ele -- que crêem que [somos] santificados por [guardar] a lei. Há uma mulher neste navio, chamada White, que ensina isso." ME3 153 2 Eu o ouvi, e aproximei-me dele, e disse: "Pastor Brown, pare aí mesmo! Não posso permitir que essa declaração seja aceita. A Sra. White nunca disse semelhante coisa em algum de seus escritos, nem proferiu jamais tal coisa, pois não cremos que a lei santifica as pessoas. ME3 153 3 "Cremos que precisamos guardar a lei, pois do contrário não seremos salvos no reino dos Céus. O transgressor não pode ser salvo no reino da glória. Não é a lei que santifica as pessoas; ela não nos salva; essa lei se levanta e exclama: 'Arrependei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados!' E então o pecador vai a Jesus, e quando o pecador promete que obedecerá aos preceitos da lei, Ele apaga suas manchas de culpa, põe-no em liberdade e lhe dá autoridade com Deus." -- Manuscrito 5, 1885. ME3 153 4 Liberdade para violar os mandamentos, um engano -- 1886 -- Ouvireis a exclamação: "Creia somente!" Satanás creu e tremeu. Precisamos ter uma fé que atue pelo amor e purifique o coração. Prevalece a idéia de que Cristo fez tudo por nós e que podemos continuar transgredindo os mandamentos, sem que sejamos considerados responsáveis por isso. Este é o maior engano que o inimigo já inventou. Devemos tomar a decisão de que não violaremos os mandamentos, custe o que custar, e estar naquela condição espiritual em que possamos instruir a outros nas coisas espirituais. -- Manuscrito 44, 1886. ME3 153 5 Força moral por meio de Jesus -- 1886 -- Cristo sabia que o homem não podia vencer sem a Sua ajuda. Ele consentiu, portanto, em depor Suas vestes reais e revestir Sua divindade com a humanidade para que pudéssemos ser ricos. Ele veio à Terra, sofreu, e sabe exatamente como compadecer-Se de nós e ajudar-nos a vencer. Veio trazer força moral para o homem, e não quer que o homem suponha que nada tem de fazer, pois cada um tem uma obra para fazer por si mesmo, e por meio dos méritos de Jesus podemos vencer o pecado e o diabo. -- Manuscrito 46, 1886. ME3 154 1 Religião sentimental que não faz caso do pecado -- 1887 -- "Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo." Creio de todo o coração que o Espírito de Deus está sendo retirado do mundo, e os que tiveram grande luz e oportunidades, mas não as aproveitaram, serão os primeiros a serem deixados. Eles repeliram o Espírito de Deus. A atual atividade de Satanás, operando em corações, em igrejas e nações, devia surpreender a todo estudante da profecia. O fim está próximo. Que nossas igrejas se levantem! Seja o poder convertedor de Deus experimentado no coração dos membros individuais, e então veremos a profunda atuação do Espírito de Deus. Simples perdão do pecado não é o único resultado da morte de Jesus. Ele fez o infinito sacrifício não somente para que o pecado pudesse ser removido, mas também para que a natureza humana pudesse ser restaurada, reembelezada, reconstruída de suas ruínas e habilitada para a presença de Deus. ... ME3 154 2 Cristo é a escada que Jacó viu, cuja base se apoiava na Terra e cujo degrau mais alto atingia os mais altos Céus. Isto mostra o designado método de salvação. Devemos galgar um degrau após o outro dessa escada. Se algum de nós finalmente for salvo, isto se dará por apegar-se a Jesus como aos degraus de uma escada. Cristo Se torna para o crente sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. ... ME3 154 3 Haverá terríveis quedas por parte daqueles que pensam que estão firmes porque possuem a verdade; mas não a têm como é em Jesus. Um momento de descuido pode lançar uma alma em irreparável ruína. Um pecado conduz ao segundo, e o segundo prepara o caminho para o terceiro, e assim por diante. Como fiéis mensageiros de Deus, precisamos implorar constantemente que sejamos guardados por Seu poder. Se nos desviarmos do dever por um pouquinho que seja, corremos o risco de seguir uma trajetória de pecado que termina em perdição. Há esperança para cada um de nós, mas só de um modo: apegando-nos a Cristo e empregando todas as energias para alcançar a perfeição de Seu caráter. ME3 155 1 Essa religião sentimental que não faz caso do pecado e que só se demora sobre o amor de Deus pelo pecador, estimula-o a crer que Deus o salvará embora continue em pecado e sabe que é pecado. É assim que estão procedendo muitos que professam crer na verdade presente. A verdade é mantida fora de sua vida, e esta é a razão por que ela não tem mais poder para convencer e converter a alma. Deve haver o máximo esforço de todo nervo, e espírito e músculo para deixar o mundo, seus costumes, suas práticas e suas modas. ... ME3 155 2 Se abandonardes o pecado e exercerdes viva fé, as riquezas das bênçãos do Céu serão vossas. -- Carta 53, 1887. ME3 155 3 O segundo advento termina a preparação da alma -- 1888 -- As vestes de vosso caráter precisam ser lavadas até ficarem sem manchas, na fonte aberta para remover toda a impureza. Vosso valor moral será pesado nas balanças do santuário, e, se fordes achados em falta, sofrereis eterna perda. Toda a aspereza, toda a rudeza deve ser removida de vosso caráter antes que Jesus venha; pois quando Ele vier, estará terminada a preparação para toda alma. ME3 155 4 Se não deixastes de lado vossa inveja, vossos ciúmes, vosso rancor uns contra os outros, não podereis entrar no reino de Deus. Só levaríeis convosco a mesma disposição; mas não haverá nada dessa índole no mundo por vir. Ali não existirá outra coisa senão amor, e alegria, e harmonia. Alguns terão coroas mais brilhantes do que os outros, mas não haverá pensamentos invejosos em algum coração, entre os remidos. Cada um estará completamente satisfeito, pois todos serão recompensados segundo as suas obras. -- The Signs of the Times, 10 de Fevereiro de 1888. ------------------------Capítulo 21 -- Ellen G. White dá informações sobre a assembléia de Mineápolis Uma declaração apresentando os antecedentes históricos ME3 156 1 Este capítulo apresenta uma declaração de Ellen White preparada algumas semanas após o término da Sessão da Associação Geral de 1888. Ela recorda o episódio e descreve o que ocorreu. As reuniões em Mineápolis tiveram melhor perspectiva à medida que os meses foram passando, e a declaração de Ellen White é muito esclarecedora e significativa. Uma breve resenha do panorama histórico é oportuna. ME3 156 2 A Assembléia da Associação Geral em Mineápolis foi notável pelos estudos bíblicos e considerações sobre a lei em Gálatas e sobre a justiça de Cristo recebida pela fé. ME3 156 3 Essa assembléia, freqüentada por noventa e um delegados, foi realizada de 17 de Outubro a 4 de Novembro, em Mineápolis, Minnesota, em nossa igreja construída recentemente. Como é costumeiro, diversos adventistas do sétimo dia que não eram delegados também se achavam presentes. A assembléia foi precedida por um concílio ministerial de sete dias, isto é, de 10 a 16 de Outubro. Os estudos bíblicos iniciados no concílio nalguns casos prosseguiram na sessão da Associação Geral, ocupando a hora do Estudo Bíblico. ME3 156 4 Ellen White esteve presente, e participou tanto do concílio como da assembléia de dezenove dias de duração. Esta última foi bastante rotineira, mas construtiva. Houve relatórios e reuniões de várias associações, tais como a Escola Sabatina, Saúde e Temperança, e Folhetos e Obra Missionária. Campos de trabalho foram atribuídos aos pastores, elaboraram-se planos para o avanço da Causa, elegeram-se oficiais e nomearam-se comissões. ME3 157 1 Uma resenha in loco das realizações e dos sentimentos nos é proporcionada pela pena de G. C. White, o qual, dois dias antes do término da sessão, escreveu para um colega no ministério que labutava nos Estados do Sul: ME3 157 2 "Estamos perto do fim de outra assembléia da Associação Geral, e dentro de alguns dias os delegados se espalharão por seus respectivos campos, e começará outro ano de trabalho. ME3 157 3 "Esta tem sido uma assembléia muito interessante, e, embora não acompanhada com toda aquela paz e harmonia que às vezes tem sido manifestada, talvez seja uma reunião tão proveitosa como as que já foram realizadas, pois foram salientados muitos princípios importantes, e chegou-se a algumas conclusões que serão de grande valor, porque poderão influenciar nossa obra no futuro. Muitos partirão desta reunião resolvidos a estudar a Bíblia como nunca dantes, e isto resultará em pregações mais claras. ME3 157 4 "Como você deve ter notado no Bulletin, foram tomadas muitas medidas avançadas a respeito de nossas missões no estrangeiro, bem como boas providências para o progresso da obra no Sul." -- Carta de G. C. White a Smith Sharp, escrita de Mineápolis, Minnesota, em 2 de Novembro de 1888. ME3 157 5 Cumpre notar que juntamente com o seu relato de progresso, o Pastor White fez menção da falta de "paz e harmonia que às vezes têm sido manifestadas" em nossas sessões da Associação Geral. Com isso ele estava se referindo às discussões teológicas que tornaram a assembléia de 1888 diferente de qualquer outra sessão da Associação Geral na história adventista. ME3 157 6 Essas discussões começaram no concílio ministerial de uma semana de duração, quando, de acordo com a agenda, seriam considerados tais assuntos como os dez reinos, a divindade de Cristo, a cura da ferida mortal e a justificação pela fé. A discussão sobre os dez reinos tornou-se acirrada e consumiu uma quantidade de tempo desproporcionada. Alguns assuntos programados tiveram de ser omitidos. Perto do fim do concílio, o Pastor E. J. Waggoner, redator associado da revista Signs of the Times, iniciou uma série de estudos sobre a lei em Gálatas, que se incorporaram à sua apresentação da fé do cristão e da justiça de Cristo. Tais estudos prosseguiram na primeira semana da Assembléia da Associação Geral. ME3 158 1 Foi essa série de estudos, especialmente os que tratavam do assunto controvertido da lei em Gálatas, que suscitou a controvérsia que se seguiu. Não houve nenhuma transcrição das discussões, mas as anotações incompletas de um ou dois delegados, os relatos de Ellen White, e as reminiscências de muitos que estiveram presentes, revelam quão acirrada foi a controvérsia e os funestos resultados da atitude negativa de diversos e eminentes dirigentes de igreja. ME3 158 2 Antes mesmo que os delegados se reunissem em Mineápolis, durante vários anos tinha havido divergências sobre importantes assuntos teológicos. No coração de alguns também se formava uma atitude de resistência e rejeição das mensagens de advertência e repreensão de Ellen White. Ela logo notou que lhe era manifestada uma atitude estranha e hostil por alguns dos principais pastores. ME3 158 3 Quando E. J. Waggoner passou a fazer uma análise da lei em Gálatas e da salvação pela fé, um espírito de debate dominou a alguns nas discussões. Isto perturbou grandemente a Ellen White. Conquanto ela não estivesse disposta a concordar com o Pastor Waggoner em todos os admiráveis pontos de suas apresentações sobre a lei em Gálatas, seu coração se alegrou com a clara enunciação dos princípios da justificação pela fé e da justiça obtida pela fé em Cristo. Ela falou vinte vezes em Mineápolis, e, especialmente nas reuniões dos pastores de manhã cedo, rogou por um estudo da Bíblia com mente aberta. Ela mesma não falou sobre o assunto da justiça pela fé. ME3 158 4 As reações à ênfase sobre essa verdade vital foram variadas. Na Assembléia da Associação Geral em 1893, A. T. Jones, falando da recepção das verdades expostas em Mineápolis, declarou: "Sei que alguns a aceitaram ali; outros a rejeitaram completamente. Sabeis a mesma coisa. Outros procuraram manter uma posição intermediária e conduzir-se dessa maneira." -- The General Conference Bulletin, 185 (1893). ME3 159 1 As discussões por vezes eram acaloradas. Alguns, temendo que a nova ênfase debilitasse a vigorosa posição da Igreja para com a lei de Deus, especialmente a verdade do sábado, se opuseram fortemente à mensagem da justiça pela fé. Não foi tomado nenhum voto da assembléia sobre esse ponto ou sobre qualquer outro ponto realçado nos estudos bíblicos. ME3 159 2 Ellen White relatou numa carta escrita no dia do encerramento da assembléia (esta carta aparece nesta seção): "Minha coragem e fé têm sido boas", a despeito da quase "incompreensível luta pela supremacia" travada por eles, e ela expressou a convicção, como alguém que acompanhou tudo de perto, que a "reunião resultará em grande bem". Carta 82, 1888. Algumas semanas mais tarde, fazendo um retrospecto da Assembléia da Associação Geral de Mineápolis, ela fez a declaração que em grande parte foi incluída nesta seção. ME3 159 3 Nas semanas e nos meses que decorreram após a assembléia, um pertinaz centro de oposição se desenvolveu em Battle Creek, a sede da Igreja e de três de suas principais instituições. Ellen White freqüentemente se ausentava de Battle Creek, indo ao campo, a fim de transmitir a mensagem às igrejas. Às vezes ela trabalhava com os Pastores Jones e Waggoner, empenhando-se os três na apresentação das preciosas verdades do evangelho. Ela dirigiu uma importante e bem-sucedida reunião de nossos pastores em Janeiro de 1889, em South Lancaster, onde muitos foram "grandemente abençoados". O relato é incluído neste capítulo. ME3 159 4 Os arquivos de Ellen G. White contêm uma poderosa palestra sobre os princípios fundamentais da salvação pela fé, da maneira como foram transmitidos na reunião campal em Ottawa, Kansas, em 11 de Maio de 1889. Essa palestra e o seu relato da reação aparecem no livro de E. G. White, Fé e Obras, 54-74. ME3 159 5 Houve vitória em Chicago e em Denver, Colorado, onde, na reunião campal realizada em Setembro de 1889, ela falou aos obreiros sobre a necessidade de verdadeira compreensão da justiça pela fé. A palestra proferida em Denver aparece nesta seção. ME3 160 1 Enquanto assistia à Assembléia da Associação Geral em 1889, realizada exatamente um ano depois da reunião de Mineápolis, ela relatou: ME3 160 2 "Temos tido reuniões excelentes. O espírito que prevaleceu na reunião de Mineápolis não está aqui. Tudo se faz em harmonia. Há grande assistência de delegados. Nossa reunião das cinco horas da manhã é bem freqüentada, e as reuniões são boas. Todos os testemunhos que tenho ouvido têm sido de caráter edificante. Dizem que o ano passado foi o melhor de sua vida; a luz a resplandecer da Palavra de Deus foi clara e distinta -- a justificação pela fé, Cristo justiça nossa. As experiências têm sido muito interessantes." -- Manuscrito 10, 1889, publicado em Mensagens Escolhidas 1:361. ME3 160 3 Em 3 de Fevereiro de 1890, falando aos pastores reunidos em Battle Creek para um concílio ministerial, ela rememorou suas experiências no campo durante 1889. Sua declaração constitui uma parte apropriada desta introdução: ME3 160 4 "Viajamos diretamente aos diferentes lugares das reuniões para que eu pudesse estar lado a lado com os mensageiros de Deus que eu sabia serem Seus mensageiros -- que eu sabia terem uma mensagem para Seu povo. Transmiti minha mensagem com eles exatamente em harmonia com a própria mensagem que eles estavam apresentando. E o que vimos? ME3 160 5 "Vimos um poder acompanhando a mensagem. Em todo lugar em que trabalhamos -- e alguns sabem quão arduamente nós labutamos -- penso que foi uma semana inteira, desde cedo até tarde, em Chicago, a fim de que pudéssemos introduzir estas idéias na mente dos irmãos. ME3 160 6 "O diabo trabalhou por um ano para obliterar essas idéias -- todas elas. E requer penoso esforço modificar as antigas opiniões deles; pois pensam que precisam confiar em sua própria justiça, e em suas próprias obras, e continuar olhando para si mesmos, e não apropriar-se da justiça de Cristo, nem introduzi-la em sua vida e em seu caráter. E trabalhamos ali durante uma semana. ... Passou uma semana até que houve uma brecha, e o poder de Deus, como uma onda gigantesca, se estendeu sobre aquela congregação. Digo-vos que foi para libertar os homens; foi para indicar-lhes o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. ME3 161 1 "E lá em South Lancaster, as poderosas atuações do Espírito de Deus se fizeram sentir. Há alguns aqui que estiveram naquela reunião. Deus revelou Sua glória, e todos os estudantes do colégio foram conduzidos ali à porta, em confissão; e as atuações do Espírito de Deus se fizeram sentir. ME3 161 2 "E assim [foi] de lugar em lugar. Em toda parte aonde fomos, vimos as atuações do Espírito de Deus. ME3 161 3 "Pensais que, como os dez leprosos, hei de ficar calada, não erguendo a voz para enaltecer a justiça de Deus, e para louvá-Lo e glorificá-Lo? Procuro apresentar isto a vós, para que vejais as provas que eu vi; parece, porém, que as palavras como que penetram no vácuo; e até quando será assim? Até quando as pessoas no coração da obra resistirão a Deus? Até quando os homens aqui os apoiarão ao fazerem isso? Saí do caminho, irmãos. Tirai a mão da arca de Deus, e permiti que o Espírito de Deus entre e opere com grande poder." -- Manuscrito 9, 1890. ME3 161 4 Notai o sentimento do último parágrafo que acabamos de citar. Ao passo que a recepção da mensagem da salvação pela fé sofreu a oposição de alguns na Assembléia da Associação Geral em Mineápolis e foi aceita por outros nos dias que se seguiram, a resistência se avolumou rapidamente no centro da obra. A recepção entre os membros de igreja no Campo, segundo o relato de Ellen White, foi bem diferente. A obstinada resistência da parte de "alguns" (ver Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 363) na própria sede da Igreja retardou consideravelmente a obra que o Senhor tencionava fosse realizada. ME3 161 5 Ellen White escreveu a esse respeito perto do fim do ano 1890: "Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar para a vida e produzir idêntica colheita." -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 467. ME3 161 6 Ela escreveu também em relação com isso: "Alguns têm fracassado ao distinguir entre o ouro puro e o mero brilho." -- Ibidem. E acrescentou: "A verdadeira religião, a única religião da Bíblia, que ensina o perdão somente pelos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto, que advoga a justiça pela fé no Filho de Deus, tem sido desprezada, contra ela se tem falado, tem sido ridicularizada e rejeitada." -- Idem, 468. ME3 162 1 Em seu livro Through Crisis to Victory, o Pastor A. V. Olson conta a história e documenta a mudança gradual para melhor que sucedeu nos cinco ou seis anos depois de Mineápolis. ME3 162 2 Contudo, houve um trágico recuo no avanço da Causa de Deus. Ellen White reconheceu isso e às vezes o mencionou, geralmente em declarações casuais. Em nenhuma ocasião, porém, ela insinuou ou declarou que houve uma rejeição oficial, pelos dirigentes da Igreja, da preciosa mensagem submetida à consideração da Assembléia da Associação Geral em 1888. Antes, em 19 de Dezembro de 1892, apenas quatro anos depois dessa notável assembléia, numa carta dirigida aos "Prezados Irmãos da Associação Geral", ela declarou triunfantemente: ME3 162 3 "Ao recapitular a nossa história passada, havendo percorrido todos os passos de nosso progresso até ao nosso estado atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada. Somos agora um povo forte, se pusermos nossa confiança no Senhor; pois estamos lidando com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos a agradecer." -- The General Conference Bulletin, 24 (1893), ver Life Sketches of Ellen G. White, 196; Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 31. ME3 162 4 Ela escreveu também em 1907: "A Igreja deve aumentar em atividade e ampliar seus limites. ... Ao passo que tem havido renhidas lutas no esforço de manter nosso cunho distintivo, temos todavia como cristãos bíblicos estado sempre em terreno conquistado." -- Carta 170, 1907; Mensagens Escolhidas 2:396, 397. ME3 163 1 Com estes antecedentes apresentamos o capítulo histórico desta seção. -- Os Compiladores Preciosas promessas contra quadros sombrios ME3 163 2 Foi pela fé que me aventurei a transpor as Montanhas Rochosas com o objetivo de assistir à Assembléia da Associação Geral realizada em Mineápolis. ... ME3 163 3 Em Mineápolis encontramos uma grande delegação de pastores. Discerni, bem no começo da reunião, um espírito que me preocupou. Foram proferidos discursos que não deram ao povo o alimento que ele tanto necessitava. Foi-lhes apresentado o lado escuro e sombrio do quadro a ser pendurado na galeria da memória. Isso não traria luz e liberdade espiritual, mas desalento. ME3 163 4 Fui profundamente influenciada pelo Espírito do Senhor, no sábado à tarde [13 de Outubro de 1888], a chamar a atenção dos presentes para o amor que Deus manifesta para Seu povo. Não se deve permitir que a mente se demore nos aspectos mais desagradáveis de nossa fé. Na Palavra de Deus, que pode ser comparada a um jardim cheio de rosas, lírios e cravos, podemos colher pela fé as preciosas promessas de Deus, destiná-las a nosso próprio coração e ter bom ânimo -- sim, ser alegres em Deus -- ou podemos concentrar nossa atenção nos espinhos e cardos, ferir-nos gravemente, e lamentar nossa situação adversa. ME3 163 5 Não agrada a Deus que Seu povo pendure quadros sombrios e dolorosos na galeria da memória. Ele quer que toda alma colha as rosas, os lírios e os cravos, enchendo a memória com as preciosas promessas de Deus que florescem em toda a parte de Seu jardim. Ele quer que nos demoremos nelas, com os sentidos bem aguçados e atentos, captando-lhes toda a preciosidade, e falando da alegria que nos é proporcionada. Ele quer que vivamos no mundo, mas não sejamos dele, estando nossos pensamentos concentrados nas coisas eternas. Deus quer que falemos do que Ele tem preparado para aqueles que O amam. Isto enlevará nosso espírito, avivará nossas esperanças e expectativas e fortalecerá nossa alma para suportar os conflitos e as provações desta vida. Ao nos demorarmos nestas cenas, o Senhor estimulará nossa fé e confiança. Ele afastará o véu e nos dará vislumbres da herança dos santos. ME3 164 1 Enquanto eu apresentava a bondade, o amor, a terna compaixão de nosso Pai celestial, senti que o Espírito do Senhor repousava não somente sobre mim, mas também sobre o povo. Luz, e liberdade e bênção vieram aos ouvintes, e houve calorosa reação às palavras proferidas. A reunião de testemunhos que se seguiu evidenciou que a Palavra encontrara guarida no coração dos ouvintes. Muitos testificaram que esse dia era o mais feliz de sua vida, e foi realmente um precioso período, pois sabíamos que a presença do Senhor Jesus estava nessa reunião, e isso para abençoar. Eu sabia que a revelação especial do Espírito de Deus tinha o propósito de reprimir as dúvidas e dissipar a onda da descrença que penetrara em corações e mentes, no tocante à irmã White e à obra que o Senhor lhe dera para fazer. ME3 164 2 Muitos reanimados, mas não todos -- Essa foi uma ocasião de refrigério para muitas almas, mas não perdurou em alguns. Assim que eles viram que a irmã White não concordava com todas as suas idéias e não se harmonizava com as propostas e resoluções que seriam votadas nessa assembléia, as evidências que eles haviam recebido tiveram tão pouca influência sobre alguns como as palavras proferidas por Cristo na sinagoga, aos nazarenos. Os corações [dos ouvintes em Nazaré] foram tocados pelo Espírito de Deus. Por assim dizer, ouviram Deus falando a eles por intermédio de Seu Filho. Viram e sentiram a divina influência do Espírito de Deus, e todos davam testemunho das palavras de graça que Lhe saíam dos lábios. Satanás estava, porém, ao lado deles com sua descrença, e eles acolheram as objeções e dúvidas, e seguiu-se a incredulidade. O Espírito de Deus foi abafado. Em seu furor, eles teriam arremessado a Jesus do alto do precipício se Deus não O houvesse protegido, para que em sua fúria não Lhe causassem dano. Quando Satanás assume o domínio da mente, ele faz loucos e demônios daqueles que eram considerados excelentes pessoas. Preconceito, orgulho e obstinação constituem terríveis elementos quando se apoderam da mente humana. ME3 165 1 Ellen White consulta alguns dirigentes -- Recebi uma longa carta do Pastor Butler, a qual eu li atentamente. Fiquei surpresa com o seu conteúdo. Eu não sabia o que fazer com essa carta; porém, como os mesmos sentimentos nela expressos pareciam atuar em meus irmãos no ministério, e dominá-los, reuni alguns deles no andar de cima e li essa carta para eles. Nenhum deles demonstrou ter ficado surpreso com o seu conteúdo, e vários disseram que sabiam ser essa a opinião do Pastor Butler, pois ouviram-no declarar essas mesmas coisas. ME3 165 2 Expliquei então muitas coisas. Expus o que eu sabia ser o procedimento correto e justo a ser seguido: irmão com irmão, examinando as Escrituras. Eu sabia que o grupo à minha frente não encarava todas as coisas de maneira correta, portanto declarei muitas coisas. Todas as minhas declarações expuseram princípios corretos para orientar a maneira de proceder, mas receei que minhas palavras não causassem nenhuma impressão sobre eles. Compreendiam as coisas à sua maneira, e a luz que eu lhes disse que me foi dada, era para eles como conversas infundadas. ME3 165 3 Apelos nas reuniões matinais -- Fiquei com o coração muito aflito por causa das condições vigentes. Fiz mui fervorosos apelos a meus irmãos e irmãs nas reuniões matinais, e solicitei que fizéssemos dessa ocasião um período proveitoso, examinando juntos as Escrituras com humildade de coração. Recomendei que não houvesse tanta liberdade para falar sobre aquilo de que eles tinham pouco conhecimento. ME3 165 4 Todos necessitavam aprender algo na escola de Cristo. Jesus convidou: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. Se aprendermos diariamente as lições de mansidão e humildade de coração, não haverá os sentimentos que existiram nesta reunião. ME3 166 1 Há algumas diferenças de opinião nalguns assuntos; é isso, porém, uma razão para sentimentos acerbos e hostis? Inveja, ruins suspeitas e imaginações, desconfianças, ódio e ciúmes hão de entronizar-se no coração? Todas essas coisas são más, completamente más. Nosso auxílio só está em Deus. Passemos muito tempo em oração e examinando o coração com o devido espírito -- ansiosos de aprender e dispostos a ser corrigidos ou esclarecidos nalgum ponto em que talvez estejamos errados. Se Jesus estiver em nosso meio e se nosso coração for enternecido por Seu amor, teremos uma das melhores assembléias a que já assistimos. ME3 166 2 Uma sessão movimentada e importante -- Havia muita coisa para ser realizada. A obra se ampliara. Tinham sido abertas novas missões e organizadas novas igrejas. Todos deviam estar livremente em harmonia para aconselhar-se juntos como irmãos em atividade no grande campo da colheita, todos labutando interessadamente nos diversos ramos da obra e considerando altruistamente como a obra do Senhor podia ser efetuada com o máximo proveito. Se já houve um tempo em que, como associação, necessitávamos de especial graça e iluminação do Espírito de Deus, isso foi nessa assembléia. Um poder de baixo estava incitando certas instrumentalidades a ocasionarem uma mudança na constituição e nas leis de nossa nação, a qual constrangeria a consciência de todos os que observam o sábado bíblico, claramente especificado no quarto mandamento como o sétimo dia. ME3 166 3 Chegou o tempo em que cada pessoa deve empenhar-se ao máximo para cumprir o seu dever de apoiar e vindicar a lei de Deus perante nosso próprio povo e o mundo, fazendo o maior uso possível de suas capacidades e dos talentos que lhe foram confiados. Muitos são cegados e iludidos por homens que pretendem ser ministros do evangelho e levam muitos a considerar que estão fazendo uma boa obra para Deus, quando na realidade é a obra de Satanás. ME3 167 1 A estratégia de Satanás para causar divisão -- Ora, Satanás deliberou como podia tolher a pena e silenciar a voz dos adventistas do sétimo dia. Se tão-somente pudesse absorver a atenção deles e desviar suas energias numa direção que os debilitasse e dividisse, sua perspectiva seria risonha. ME3 167 2 Satanás tem realizado sua obra com algum êxito. Tem havido divergência de opiniões e divisão. Tem havido muita rivalidade e ruins suspeitas. Tem havido muitos discursos, insinuações e comentários não santificados. A mente dos homens que deviam dedicar-se de corpo e alma à obra, achando-se preparados para realizar grandes proezas para Deus neste próprio tempo, está absorta em questões de pouca importância. Visto que as idéias de alguns não se acham exatamente de acordo com as deles em todo ponto de doutrina que envolve pequenas idéias e teorias que não são questões vitais, a questão da liberdade religiosa do país, que agora abrange tanta coisa, para muitos é um assunto de somenos importância. ME3 167 3 Satanás tem conseguido o que ele quer; mas o Senhor suscitou homens e lhes deu uma solene mensagem para Seu povo, a fim de despertar os poderosos e prepará-los para a batalha, no dia da preparação de Deus. Satanás procurou invalidar essa mensagem, e quando toda voz e toda pena deviam estar intensamente ocupadas em deter as atuações e os poderes de Satanás, houve uma debandada; houve divergências de opinião. Esta não era, absolutamente, a vontade do Senhor. ME3 167 4 A lei em Gálatas, um ponto de divergência -- Nessa reunião foi apresentado aos pastores o assunto da lei em Gálatas. Este assunto fora exposto à assembléia três anos antes. ... ME3 167 5 Sabemos que se todos se aproximassem das Escrituras com o coração suavizado e dominado pela influência do Espírito de Deus, elas seriam examinadas com uma mente tranqüila, livre de preconceitos e orgulho de opinião. A luz do Senhor incidiria sobre Sua Palavra, e seria revelada a verdade. Mas devia haver devoto e diligente esforço, e muita paciência, para responder à oração de Cristo, que Seus discípulos fossem um, assim como Ele é Um com o Pai. A fervorosa e sincera oração será ouvida, e o Senhor responderá. O Espírito Santo avivará as faculdades mentais e haverá uma compreensão harmoniosa. "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Salmos 119:130. ME3 168 1 São apresentadas a justificação e a justiça de Cristo -- O Pastor E. J. Waggoner teve o privilégio de falar claramente, e de apresentar seus pontos de vista sobre a justificação pela fé e a justiça de Cristo em relação com a lei. Isso não era nova luz, mas velha luz colocada onde devia estar na mensagem do terceiro anjo. ... Qual é o teor dessa mensagem? João vê um povo. Ele diz: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. João contempla esse povo um pouco antes de ver o Filho do homem "tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada". Verso 14. ME3 168 2 A fé de Jesus tem sido passada por alto e tratada de modo indiferente e descuidado. Ela não tem ocupado a posição proeminente em que foi revelada a João. A fé em Cristo como a única esperança do pecador em grande parte tem sido omitida, não somente nos sermões proferidos, mas também na experiência religiosa de muitos que professam crer na mensagem do terceiro anjo. ME3 168 3 Verdades que Ellen White havia apresentado desde 1844 -- Nessa reunião, eu dei testemunho de que a mais preciosa luz irrompera das Escrituras na apresentação do grande assunto da justiça de Cristo relacionada com a lei, que constantemente devia ser mantido diante do pecador, como sua única esperança de salvação. Isso não era nova luz para mim, pois me adviera de uma autoridade mais elevada, durante os últimos quarenta e quatro anos, e eu a apresentei a nosso povo pela pena e pela voz, nos testemunhos de Seu Espírito. Mas bem poucos tinham correspondido, a não ser por assentimento, aos testemunhos dados sobre este assunto. Na realidade, muito pouco foi dito e escrito sobre esta importante questão. Os sermões de alguns podem ser corretamente retratados como semelhantes à oferta de Caim -- destituídos de Cristo. ME3 169 1 O mistério da piedade -- A norma para avaliar o caráter é a lei real. A lei é o denunciador do pecado. Pela lei vem o conhecimento do pecado. O pecador é, porém, constantemente atraído para Jesus pela maravilhosa manifestação de Seu amor em humilhar-Se a Si mesmo até a ignominiosa morte na cruz. Que tema para estudo é este! Os anjos têm procurado e anelado fervorosamente devassar esse admirável mistério. É um estudo que pode pôr à prova a mais alta inteligência humana, que o homem, caído, enganado por Satanás, tomando o partido deste último, possa ser moldado à imagem do Filho do Deus infinito. Que o homem seja semelhante a Ele, e que, devido à justiça de Cristo concedida ao homem, Deus amará o homem -- caído mas resgatado -- assim como Ele amou a Seu Filho. Lede-o diretamente dos vivos oráculos. ME3 169 2 Este é o mistério da piedade. É do mais alto valor que esse quadro seja colocado em todo sermão, pendurado na galeria da memória, proferido por lábios humanos, traçado por seres humanos que provaram e viram que o Senhor é bom, meditado, e constitua a base de todo discurso. Têm sido apresentadas áridas teorias, e almas preciosas estão definhando por falta do pão da vida. Essa não é a pregação que é requerida ou que será aceita pelo Deus do Céu, pois é destituída de Cristo. O divino quadro de Cristo deve ser mantido diante das pessoas. Ele é aquele Anjo posto em pé no sol do céu. Ele não lança nenhuma sombra. Revestido dos atributos da divindade, envolto nas glórias da divindade, e na semelhança do Deus infinito, Ele deve ser exaltado diante dos homens. Quando isto é mantido perante as pessoas, o mérito da criatura se reduz a uma insignificância. Quanto mais o olhar se detém sobre Ele, quanto mais Sua vida, Suas lições, Sua perfeição de caráter são estudadas, tanto mais nefando e detestável será o pecado. ME3 169 3 Ao contemplá-Lo, o homem não pode deixar de admirá-Lo e ser mais atraído para Ele, tornar-se mais encantado e mais desejoso de ser semelhante a Jesus até refletir Sua imagem e ter a mente de Cristo. Como Enoque, ele anda com Deus. Sua mente está repleta de pensamentos de Jesus. Ele é o seu melhor Amigo. ... ME3 170 1 Estudai a Jesus, nosso modelo -- "Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus." Hebreus 3:1. Estudai a Cristo. Estudai Seu caráter, aspecto após aspecto. Ele é o nosso Modelo que nos é requerido imitar em nossa vida e em nosso caráter, senão deixaremos de representar a Jesus, e apresentaremos ao mundo um modelo espúrio. Não imiteis a homem algum, pois os homens são imperfeitos nos hábitos, na linguagem, nas maneiras, no caráter. Eu vos apresento o Homem Cristo Jesus. Precisais conhecê-Lo individualmente como vosso Salvador, antes que possais estudá-Lo como vosso modelo e exemplo. ME3 170 2 Paulo disse: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. ... Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou." Romanos 1:16-19. ME3 170 3 Agradecidos porque as mentes foram despertadas pelo Espírito de Deus -- Nós nos sentimos profunda e solenemente agradecidos a Deus porque as mentes foram despertadas pelo Espírito de Deus para ver a Cristo nos vivos oráculos e para representá-Lo ante o mundo, mas não meramente em palavras. Elas vêem os requisitos das Escrituras de que todos quantos afirmam ser seguidores de Cristo têm o dever de andar em Suas pegadas, ser imbuídos de Seu Espírito e apresentar assim Jesus Cristo ao mundo, o qual veio ao nosso mundo para representar o Pai. ME3 170 4 Ao representar a Cristo representamos a Deus ao nosso mundo. "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle." Romanos 8:9. Perguntemos: Estamos refletindo o caráter de Jesus Cristo na igreja e perante o mundo? É requerido de nós um estudo muito mais profundo ao examinar as Escrituras. Colocar a justiça de Cristo na lei revela distintamente a Deus em Seu verdadeiro caráter, e revela a lei como santa, justa e boa, e realmente gloriosa, quando vista em seu verdadeiro caráter. ME3 171 1 Se todos os nossos irmãos empenhados na obra ministerial se aproximassem juntos de suas Bíblias, com o espírito de Cristo, respeitando uns aos outros, e com verdadeira cortesia cristã, o Senhor seria seu Instrutor. Mas Ele não tem nenhuma oportunidade para impressionar as mentes sobre as quais Satanás exerce tão grande poder. Tudo que não se harmoniza com sua opinião e seu critério humano parece estar coberto de trevas e ter aspectos sombrios. ... ME3 171 2 O espírito de muitos preocupava a Ellen White -- Minha preocupação durante a reunião era apresentar a Jesus e Seu amor perante meus irmãos, pois eu via claras evidências de que muitos não tinham o espírito de Cristo. Minha mente se manteve em paz, firmada em Deus, e fiquei triste ao ver que um espírito diferente penetrara na experiência de nossos irmãos no ministério e que ele estava impregnando o arraial. Eu estava ciente de que havia notável cegueira na mente de muitos, para que não discernissem onde estava o Espírito de Deus e o que constituía verdadeira experiência cristã. E considerar que esses eram aqueles que tinham a tutela do rebanho de Deus era doloroso. A falta de genuína fé, as mãos frouxas, porque não eram erguidas em sincera oração! ME3 171 3 Alguns não sentiam necessidade de oração. Seu próprio critério, achavam eles, era suficiente, e não percebiam que o inimigo de todo o bem estava dirigindo o critério deles. Eram como soldados que iam para a batalha desarmados e sem armadura. É de admirar que os discursos não tivessem animação, que a vivificante água da vida recusasse fluir através de canais obstruídos e que a luz do Céu não pudesse atravessar o denso nevoeiro da mornidão e pecaminosidade? ME3 171 4 Só consegui dormir algumas horas. Escrevi durante todas as horas da manhã, levantando-me freqüentemente às duas e às três horas da madrugada e aliviando a mente ao escrever sobre os assuntos que me eram apresentados. Meu coração ficou aflito ao ver o espírito que controlava alguns de nossos irmãos na obra ministerial, e esse espírito parecia ser contagioso. Havia muito falatório. ME3 172 1 Uma apresentação da verdade que ela pôde apoiar -- Quando declarei perante meus irmãos que eu ouvira pela primeira vez as idéias do Pastor E. J. Waggoner, alguns não acreditaram em mim. Afirmei que eu ouvira preciosas verdades proferidas a que podia corresponder de todo o meu coração, pois essas grandes e gloriosas verdades: a justiça de Cristo e o sacrifício completo feito em favor do homem, não tinham sido indelevelmente gravadas em minha mente pelo Espírito de Deus? Este assunto não foi apresentado reiteradas vezes nos testemunhos? Quando o Senhor deu a meus irmãos o encargo de proclamar esta mensagem, senti-me inexprimivelmente agradecida a Deus, pois eu sabia que era a mensagem para este tempo. ME3 172 2 A mensagem do terceiro anjo é a proclamação dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus Cristo. Os mandamentos de Deus têm sido proclamados, mas a fé de Jesus Cristo não tem sido proclamada pelos adventistas do sétimo dia como de igual importância, a lei e o evangelho andando de mãos dadas. Não encontro palavras para expressar este assuntos em sua plenitude. ME3 172 3 "A fé de Jesus." Ela é debatida, mas não compreendida. Que constitui a fé de Jesus, que faz parte da mensagem do terceiro anjo? O ato de Jesus tornar-Se o Portador de nossos pecados para que pudesse tornar-Se o Salvador que perdoa os nossos pecados. Ele foi tratado como nós merecemos ser tratados. Veio ao nosso mundo e levou os nossos pecados para que pudéssemos levar Sua justiça. E a fé na capacidade de Cristo para salvar-nos ampla, completa e totalmente, é a fé de Jesus. ME3 172 4 A única segurança para os israelitas era o sangue nas ombreiras das portas. Deus disse: "Quando Eu vir o sangue, passarei por vós." Êxodo 12:13. Todos os outros dispositivos de segurança seriam inúteis. Nada, a não ser o sangue nas ombreiras das portas, vedaria a entrada do anjo da morte. Só há salvação para o pecador no sangue de Jesus Cristo, o qual nos purifica de todo pecado. O homem com o intelecto bem desenvolvido pode ter grande reserva de conhecimento, empenhar-se em especulações teológicas, ser grande e honrado pelos homens, e ser considerado o repositório do conhecimento; a menos que tenha, porém, salutar conhecimento de Cristo crucificado por ele, e pela fé se apodere da justiça de Cristo, estará perdido. Cristo "foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados". Isaías 53:5. "Salvos pelo sangue de Jesus Cristo" será nossa única esperança para o tempo presente e nosso cântico por toda a eternidade. ME3 173 1 Combatendo o preconceito e falsas acusações -- Quando eu expressei claramente a minha fé, houve muitos que não me compreenderam, e eles disseram que a irmã White havia mudado; a irmã White tinha sido influenciada por seu filho G. C. White e pelo Pastor A. T. Jones. Naturalmente, tal declaração procedente dos lábios daqueles que me conheciam há vários anos, que haviam crescido com a mensagem do terceiro anjo e tinham sido honrados com a confiança e fé de nosso povo, devia ter alguma influência. ME3 173 2 Tornei-me objeto de comentários e críticas, mas nenhum de nossos irmãos veio ter comigo, fazendo perguntas ou procurando alguma explicação de mim. Tentamos mui diligentemente fazer com que todos os nossos irmãos na obra ministerial, que estavam hospedados naquela casa, se reunissem num aposento desocupado, para orarmos juntos, mas só o conseguimos duas ou três vezes. Eles preferiam ir a seus quartos e ter suas conversas e orações por si mesmos. Não parecia haver nenhuma oportunidade para desfazer o preconceito que era tão firme e decidido, nenhum ensejo para remover a má compreensão a meu respeito, e a respeito de meu filho e de E. J. Waggoner e A. T. Jones. ME3 173 3 Procurei fazer outra tentativa. Na madrugada daquele dia eu escrevera um assunto para ser apresentado a nossos irmãos, pois assim minhas palavras não seriam deturpadas. Um bom número de nossos principais homens de responsabilidade se achava presente, e senti profundamente que um número muito maior não fora levado para essa reunião, pois eu sabia que alguns dos presentes começaram a ver as coisas sob um aspecto diferente, e muitos outros teriam sido beneficiados se houvessem tido a oportunidade de ouvir o que eu tinha para dizer. Mas eles não sabiam, e não foram beneficiados com minhas explicações e com o claro "Assim diz o Senhor", que eu lhes dei. ME3 174 1 Foram feitas algumas perguntas nessa ocasião. "Irmã White, a senhora pensa que o Senhor tem alguma luz nova e mais intensa para nós como um povo?" Respondi: "Com toda a certeza. Não somente penso assim, mas posso falar com conhecimento de causa. Sei que há preciosa verdade a ser desdobrada para nós, se somos o povo que deve permanecer em pé no dia da preparação de Deus." ME3 174 2 Ellen White incentiva o estudo com mente aberta -- Então foi feita a pergunta se eu achava que era melhor que o assunto ficasse onde estava, depois que o irmão Waggoner expusera seus pontos de vista da lei em Gálatas. Eu disse: "De modo algum. Queremos tudo sobre ambos os lados da questão." Declarei, porém, que o espírito que eu vira ser manifestado na reunião era desarrazoado. Eu devia insistir que fosse manifestado o devido espírito, um espírito semelhante ao de Cristo, como o que o Pastor E. J. Waggoner revelara durante toda a apresentação de suas idéias; e que esse assunto não fosse tratado em forma de debate. A razão para eu recomendar que esse assunto fosse tratado com um espírito semelhante ao de Cristo era que não devia haver ataques contra seus irmãos que diferissem deles. Visto que o Pastor E. J. Waggoner se portara como um cavalheiro cristão, eles deviam fazer a mesma coisa, apresentando os argumentos de seu lado da questão de maneira direta. ... ME3 174 3 A questão da lei em Gálatas não é vital -- Foi feita a observação: "Se nossas idéias a respeito de Gálatas não são corretas, não temos a mensagem do terceiro anjo e nossa posição é infundada; não há nada de importante em nossa fé." ME3 174 4 Eu disse: "Irmãos, aqui está precisamente o que tenho declarado. Essa afirmação não é correta. É uma afirmação extravagante e exagerada. Se ela for feita ao ser considerada essa questão, terei o dever de expor este assunto perante todos os que estiverem reunidos, e, quer ouçam ou deixem de ouvir, dizer-lhes que a afirmação é incorreta. A questão debatida não é uma questão vital, e não deve ser tratada como tal. A maravilhosa importância e magnitude desse assunto tem sido exagerada, e por esta razão -- por meio de concepções errôneas e idéias deturpadas -- vemos o espírito que prevalece nesta reunião, o qual é contrário ao espírito de Cristo, e jamais devia ser manifestado entre irmãos. Apareceu um espírito de farisaísmo entre nós contra o qual erguerei minha voz onde quer que seja revelado." ... ME3 175 1 Pude ver grande falta de sábia discriminação e de bom senso. O mal dessas coisas muitas vezes me foi apresentado. A diferença de opinião tornou-se evidente tanto aos crentes como aos descrentes. Essas coisas causaram tal impressão em minha mente que achei que meus irmãos tinham sofrido uma grande modificação. Este assunto me foi apresentado enquanto eu me encontrava na Europa, em figuras e símbolos, mas a explicação me foi dada posteriormente, de modo que não fiquei em trevas quanto ao estado de nossas igrejas e de nossos irmãos na obra ministerial. ... ME3 175 2 Voltei para meu quarto perguntando qual seria o melhor procedimento a ser adotado por mim. Aquela noite, muitas horas foram passadas em oração a respeito da lei em Gálatas. Isto era uma simples partícula de pó. Qualquer que fosse o ponto de acordo com um "Assim diz o Senhor", minha alma diria: Amém e amém! Mas o espírito que dominava nossos irmãos era tão diferente do espírito de Jesus, tão contrário ao espírito que devia ser manifestado de uns para com os outros, que minha alma se encheu de angústia. ME3 175 3 Na reunião para os pastores, na manhã seguinte, eu tinha algumas coisas claras para dizer a meus irmãos, que não ousei reter. O sal perdera o sabor, o ouro refinado se escurecera. Havia trevas espirituais sobre o povo, e muitos evidenciavam que eram impelidos por um poder de baixo, pois o resultado era exatamente como seria o caso se não estivessem sob a iluminação do Espírito de Deus. ME3 175 4 Que páginas da história estavam sendo feitas pelo anjo registrador! O fermento realmente efetuara sua acerba obra, e quase levedara a massa. Tive uma mensagem de repreensão e advertência para meus irmãos, eu o sabia. Minha alma foi oprimida pela angústia. Dizer essas coisas para meus irmãos me causa muito maior angústia do que elas causaram àqueles aos quais foram dirigidas. Pela graça de Cristo experimentei um divino poder coercivo para pôr-me em pé diante de meus irmãos na obra ministerial, em nome do Senhor, esperando e orando que o Senhor abrisse os olhos cegos. Fui fortalecida para dizer as palavras que minha secretária taquigrafou. -- Manuscrito 24, 1888. ME3 176 1 Mineápolis -- um ponto de prova -- O Senhor estava examinando e provando Seu povo que tivera grande luz, para ver se andariam nela, ou se afastariam sob a tentação, pois bem poucos sabem de que espécie de espírito são eles até que as circunstâncias sejam de molde a provar o espírito que impele à ação. Em muitos o coração natural é o poder controlador, e, no entanto, eles não imaginam que o orgulho e o preconceito são acolhidos como hóspedes honrados, e influem nas palavras e ações, contra a luz e a verdade. Nossos irmãos que têm ocupado posições de liderança na obra e na causa de Deus deviam estar tão intimamente ligados com a Fonte de toda a luz que não chamassem a luz de trevas, e as trevas de luz. ... ME3 176 2 A justiça pela fé não rebaixa a lei -- Enaltecer a Cristo como nossa única fonte de poder, apresentar Seu incomparável amor ao lançar a culpa dos pecados dos homens em Sua conta e imputar-lhes Sua própria justiça, não anula a lei de forma alguma, nem diminui sua dignidade. Antes, coloca-a onde a luz correta incide sobre ela, e a glorifica. Isto só é efetuado pela luz refletida da cruz do Calvário. A lei só é completa e perfeita no grande plano da salvação quando é apresentada na luz que dimana do Salvador crucificado e ressurreto. Isto só pode ser discernido espiritualmente. O fato de que Cristo é sua justiça, ateia no coração do espectador ardente fé, esperança e alegria. Esta alegria só é para aqueles que amam e guardam as palavras de Jesus, que são as palavras de Deus. ME3 177 1 Se meus irmãos estivessem na luz, as palavras que o Senhor me deu para eles encontrariam uma resposta no coração daqueles pelos quais eu labutava. Quando vi que os corações com que eu almejava estar em harmonia se achavam fechados pelo preconceito e descrença, pensei ser melhor que eu os deixasse. Meu propósito era partir de Mineápolis no primeiro dia da semana. ... ME3 177 2 Eu desejava meditar e orar, [para que soubesse] de que maneira devíamos agir para apresentar ao povo o assunto do pecado e da expiação à luz da Bíblia. Eles necessitavam grandemente tal espécie de instrução para que pudessem transmitir a luz a outros e ter o bendito privilégio de ser cooperadores de Deus em reunir e trazer de volta as ovelhas de Seu aprisco. Que poder precisamos ter, da parte de Deus, para que corações gelados, possuindo apenas uma religião legal, vejam as coisas melhores providas para eles -- Cristo e Sua justiça! Era necessária uma mensagem vivificante para dar vida aos ossos secos. -- Manuscrito 24, 1888. Avaliação feita por Ellen White no dia do encerramento ME3 177 3 Escrito para um membro de sua família, em 4 de Novembro de 1888. ME3 177 4 Nossa reunião [a Assembléia da Associação Geral em Mineápolis] terminou. No sábado passado proferi meu último sermão. Pela primeira vez parecia haver considerável sensibilidade na congregação. Eu pedi que eles viessem à frente, para algumas orações, embora a igreja estivesse completamente cheia. Um bom número de pessoas veio à frente. O Senhor me deu o espírito de súplica e Sua bênção desceu sobre mim. Não fui à reunião esta manhã. Esta foi uma assembléia muito laboriosa para Willie, e tive de estar atenta em todo o sentido, para que não se tomassem medidas e resoluções que fossem prejudiciais à obra no futuro. ME3 177 5 Falei cerca de vinte vezes, com grande liberdade, e cremos que esta assembléia resultará em grande bem. Não conhecemos o futuro, mas achamos que Jesus está ao leme, e não iremos naufragar. Minha coragem e fé têm sido boas, e não me faltaram, embora experimentássemos a mais penosa e incompreensível luta que já houve entre nosso povo. A questão não pode ser explicada pela pena, a menos que eu escrevesse muitas e muitas páginas; portanto é melhor que eu não empreenda essa tarefa. ME3 178 1 O Pastor Olsen será o presidente da Associação Geral, e o irmão Dan Jones, de Kansas, irá auxiliá-lo. O Pastor Haskell desempenhará o cargo até que o irmão Olsen venha da Europa. Não sei dizer o que acontecerá no futuro, mas permaneceremos umas quatro semanas em Battle Creek e elaboraremos um testemunho que deve ser publicado imediatamente, sem demora. Então poderemos ver como andarão as coisas no grande centro da obra. Estamos resolvidos a fazer tudo que estiver ao nosso alcance, no temor de Deus, para ajudar nosso povo nesta emergência. ME3 178 2 A mente de um homem enfermo exerceu um poder controlador sobre a Comissão da Associação Geral, e os pastores têm sido a sombra e o eco do Pastor Butler durante quase tanto tempo como seria salutar e benéfico para a Causa. Inveja, más suspeitas, rivalidades atuaram como fermento até que toda a massa parecia estar levedada. ... ME3 178 3 Hoje, domingo, não assisti à reunião, mas tive de visitar consideravelmente. Sou grata a Deus pela força, liberdade e poder de Seu Espírito ao dar meu testemunho, embora causasse menor impressão sobre muitas mentes do que em qualquer período anterior de minha história. Satanás parecia ter poder para estorvar consideravelmente minha obra, mas tremo ao pensar que teria sucedido nesta assembléia se não estivéssemos aqui. Deus teria agido de algum modo para impedir que esse espírito trazido para a assembléia assumisse o controle. Mas não estamos nem um pouco desalentados. Confiamos no Senhor Deus de Israel. A verdade triunfará e queremos triunfar com ela. ME3 179 1 Pensamos em todos vocês lá em casa, e seria um prazer estar com vocês, mas nossos desejos não devem ser consultados. O Senhor é o nosso Dirigente; seja Ele quem nos mostre o caminho, e seguiremos aonde Ele nos guiar. -- Carta 82, 1888. Dois trechos de sermões pregados em Mineápolis ME3 179 2 Agora, o que desejamos apresentar é: Como podeis avançar na vida divina. Ouvimos muitas desculpas: Não posso viver de acordo com isto ou aquilo. ME3 179 3 Que quereis dizer com "isto ou aquilo"? Quereis dizer que foi efetuado um sacrifício imperfeito para a raça caída, no Calvário; que não nos é concedido suficiente graça e poder para que possamos desvencilhar-nos de nossos próprios defeitos e tendências naturais; que não nos foi dado um Salvador perfeito? ME3 179 4 Ou quereis exprobrar a Deus? Bom, vós dizeis: Foi o pecado de Adão. Dizeis também: Não sou culpado disso, e não sou responsável por sua culpa e queda. Há todas estas tendências naturais em mim, e não mereço ser censurado se procedo de acordo com estas tendências naturais. Quem merece ser culpado? É Deus? ME3 179 5 Por que Deus permitiu que Satanás tivesse tal poder sobre a natureza humana? Estas são acusações contra o Deus do Céu, e Ele vos dará uma oportunidade, se o desejardes, de finalmente apresentardes vossas acusações contra Ele. Então Ele apresentará Suas acusações contra vós quando fordes conduzidos ao Seu tribunal. -- Manuscrito 8, 1888. Sábado, 20 de Outubro de 1888. ME3 179 6 Se Deus pudesse modificar Sua lei para ir ao encontro do homem em sua condição decaída, Cristo não precisaria ter vindo a este mundo. Visto que a lei era imutável e inalterável, Deus enviou Seu Filho unigênito para morrer pela raça caída. Será, porém, que o Salvador tomou sobre Si a culpa dos seres humanos e imputou-lhes Sua justiça para que continuassem a violar os preceitos de Jeová? Não, não! Cristo veio porque não havia nenhuma possibilidade de o homem guardar a lei em sua própria força. Veio trazer-lhe força para obedecer aos preceitos da lei. E o pecador, arrependendo-se de sua transgressão, pode aproximar-se de Deus e dizer: "Ó Pai, suplico perdão pelos méritos do Salvador crucificado e ressurreto." Deus aceitará a todos os que se dirigirem a Ele no nome de Jesus. -- Manuscrito 16, 1888. Domingo, 21 de Outubro de 1888. Três meses depois de Mineápolis ME3 180 1 Quando fazemos o que está ao nosso alcance -- Graças a Deus, não é demasiado tarde para que os erros sejam corrigidos. Cristo olha ao espírito com que fazemos as coisas, e quando nos vê levando nossa carga com fé, Sua santidade perfeita faz expiação por nossas faltas. Quando fazemos o melhor possível, Ele Se torna nossa justiça. Requer todo raio de luz que Deus nos envia, o tornar-nos a luz do mundo. -- Carta 22, 1889. Publicada em Mensagens Escolhidas 1:368. O acolhimento no campo da mensagem da justiça pela fé ME3 180 2 Reuniões especiais começaram em South Lancaster na sexta-feira, 11 de Janeiro [de 1889]. Ficamos contentes por encontrar a igreja bem repleta com os que vieram para tirar proveito das reuniões.... Havia representantes do Maine, Connecticut, Massachusetts e outros Estados. Percebemos que havia uma obra a ser feita, para endireitar as coisas, que os melhores esforços humanos não podiam realizar sem a ajuda de Deus. Nosso coração se enlevou em fervorosas súplicas a Deus para que Ele operasse em nosso favor. ... ME3 180 3 Sentimos grande solicitude pelos que estavam levando a mensagem da verdade a outros, para que não fechassem o coração a alguns dos preciosos raios da luz celestial que Deus lhes tem enviado. Jesus exultou quando Seus seguidores receberam Suas mensagens sobre a verdade. ... ME3 181 1 No sábado à tarde, muitos corações foram tocados, e muitas almas foram alimentadas com o pão que desce do Céu. Depois do sermão tivemos uma preciosa reunião de testemunhos. O Senhor Se achava bem perto, e convenceu as almas da grande necessidade de Sua graça e amor. Sentimos a necessidade de apresentar a Cristo como o Salvador que não estava longe, mas bem perto. Quando o Espírito de Deus começa a operar no coração das pessoas, o fruto é visto na confissão do pecado e na reparação de injustiças. Durante todas as reuniões, à medida que as pessoas buscavam chegar mais perto de Deus, elas produziam obras dignas do arrependimento confessando uns aos outros aquilo em que os haviam prejudicado ou ofendido em palavras ou ações. ... ME3 181 2 Houve muitos, mesmo entre os pastores, que viram a verdade como é em Jesus numa luz em que nunca a haviam considerado anteriormente. Viram o Salvador como Alguém que perdoa os pecados, e a verdade como o santificador da alma. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." ... ME3 181 3 Muitos mantêm idéias errôneas -- Há muitos que parecem sentir que têm de fazer uma grande obra por si mesmos antes de poderem ir a Cristo em busca de Sua salvação. Parecem pensar que Cristo aparecerá bem no fim de sua luta, e lhes prestará ajuda dando o toque final à obra de sua vida. Parece ser-lhes difícil compreender que Cristo é um Salvador perfeito e que pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus. Perdem de vista o fato de que Cristo mesmo é "o caminho, e a verdade, e a vida". Quando individualmente nos apoiamos em Cristo, com plena certeza de fé, confiando unicamente na eficácia de Seu sangue para purificar de todo pecado, teremos paz em crer que Deus é poderoso para cumprir o que Ele prometeu. ... ME3 181 4 Foi apresentada a mensagem exata -- Quando nossos irmãos e irmãs abriram o coração para a luz, eles obtiveram melhor conhecimento do que constitui a fé. O Senhor foi muito precioso; Ele estava disposto a fortalecer Seu povo. As reuniões continuaram uma semana além do tempo estipulado a princípio. As aulas na escola foram dispensadas, e todos se empenharam diligentemente em buscar ao Senhor. O Pastor Jones veio de Boston e labutou com muito fervor pelas pessoas, falando duas e até três vezes por dia. O rebanho de Deus foi alimentado com nutritivo alimento espiritual. A mensagem exata que o Senhor enviou para o povo deste tempo foi apresentada nos sermões. Havia reuniões em andamento de manhã cedo à noite, e os resultados foram muito satisfatórios. ME3 182 1 Tanto os alunos como os professores têm participado amplamente das bênçãos de Deus. As profundas atuações do Espírito de Deus foram sentidas em quase todo coração. O testemunho dado em geral pelos que assistiram à reunião era que eles obtiveram uma experiência que superou a tudo quanto haviam conhecido anteriormente. Expressaram sua alegria de que Cristo lhes perdoara os pecados. Tinham o coração cheio de gratidão e louvor a Deus. Havia doce paz em sua alma. Amavam a todos, e sentiam que podiam descansar no amor de Deus. ME3 182 2 Nunca vi uma obra de avivamento avançar com tal eficiência, permanecendo, porém, tão livre de todo excitamento indevido. ME3 182 3 Muitos testificaram que, ao serem apresentadas as penetrantes verdades, foram convencidos, à luz da lei, de que eram transgressores. Tinham confiado em sua própria justiça. Agora eles a consideravam como trapos de imundícia, em comparação com a justiça de Cristo, a qual é a única aceitável a Deus. ME3 182 4 Embora não fossem transgressores declarados, viam que eram depravados e degradados de coração. Haviam colocado outros deuses em lugar de seu Pai celestial. Tinham lutado para abster-se do pecado, mas haviam confiado em sua própria força. Devemos ir a Jesus assim como estamos, confessar nossos pecados e lançar nossa alma desamparada sobre o nosso compassivo Redentor. -- The Review and Herald, 5 de Março de 1889. Necessidade de correta noção da justiça pela fé ME3 183 1 A convite, fiz algumas observações aos ministros, na tenda dos pastores. Conversamos um pouco a respeito dos melhores planos a serem feitos para instruir o povo, aqui neste próprio local, no tocante à religião no lar. ME3 183 2 Muitas pessoas parecem desconhecer o que constitui a fé. Muitos se queixam de trevas e desalento. Perguntei: "Tendes a face voltada para Jesus? Estais contemplando a Ele, o Sol da Justiça? Precisais definir claramente para as igrejas a questão da fé e inteira confiança na justiça de Cristo. Em vossas palestras e orações tem sido dado tão pouca ênfase a Cristo, a Seu incomparável amor, a Seu grande sacrifício feito em nosso favor, que Satanás quase obliterou as noções que devemos e precisamos ter de Jesus Cristo. Precisamos confiar menos em seres humanos para ajuda espiritual, e mais, muito mais, ao nos aproximarmos de Jesus Cristo como nosso Redentor. Podemos demorar-nos com firme propósito nos atributos celestiais de Jesus Cristo; podemos falar sobre Seu amor, podemos relatar e cantar Suas misericórdias, podemos torná-Lo nosso próprio Salvador pessoal. Então somos um com Cristo. Amamos o que Cristo amava, e odiamos o pecado, o qual era odiado por Cristo. Precisamos falar e alongar-nos sobre estas coisas. ME3 183 3 Dirijo-me aos pastores. Conduzi o povo passo a passo para a frente, demorando-vos na eficiência de Cristo, até que, por viva fé, eles vejam a Jesus como Ele é -- vejam-nO em Sua plenitude, como Salvador que perdoa os pecados, como Aquele que pode perdoar todas as nossas transgressões. É contemplando que somos transformados à Sua semelhança. Esta é a verdade presente. Temos falado sobre a lei. Isto é correto. Só temos, porém, enaltecido casualmente a Cristo como o Salvador que perdoa os pecados. ME3 183 4 Devemos conservar diante da mente o Salvador que perdoa os pecados. Mas devemos apresentá-Lo em Sua verdadeira posição -- vindo morrer para engrandecer a lei de Deus e torná-la gloriosa, e também para justificar o pecador que confia inteiramente nos méritos do sangue do Salvador crucificado e ressurreto. Isto não é explicado. ME3 184 1 A mensagem para salvação da alma, a mensagem do terceiro anjo, é a mensagem que deve ser transmitida ao mundo. Tanto os mandamentos de Deus como a fé de Jesus são importantes, imensamente importantes, e devem ser transmitidos com a mesma força e poder. Tem sido salientada principalmente a primeira parte da mensagem, e a última parte apenas casualmente. A fé de Jesus não é compreendida. Precisamos falar sobre ela, vivê-la, orar a seu respeito, e ensinar o povo a introduzir esta parte da mensagem em sua vida familiar. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filipenses 2:5. ME3 184 2 Há necessidade de sermões repletos de Cristo -- Tem havido sermões inteiros, secos e destituídos de Cristo, nos quais Jesus quase não é mencionado. O coração do orador não é subjugado e enternecido pelo amor de Jesus. Ele se alonga sobre áridas teorias. Não é causada grande impressão. O orador não tem a unção divina, e como poderá comover o coração das pessoas? Precisamos arrepender-nos e converter-nos -- sim, o pregador precisa converter-se. Jesus deve ser exaltado perante as pessoas, e deve-se instar com elas para que "olhem e vivam". ME3 184 3 Por que são os nossos lábios tão silenciosos a respeito do assunto da justiça de Cristo e Seu amor pelo mundo? Por que não damos às pessoas aquilo que as avivará e despertará para uma nova vida? O apóstolo Paulo estava cheio de enlevo e adoração ao declarar: "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória." 1 Timóteo 3:16. ME3 184 4 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a Si mesmo Se humilhou, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz. ... Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos Céus, na Terra e debaixo da Terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai." Filipenses 2:5-11. ME3 185 1 "No qual temos a redenção [pelo Seu sangue], a remissão dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois nEle foram criadas todas as coisas, nos Céus e sobre a Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dEle e para Ele. Ele é antes de todas as coisas. NEle tudo subsiste." Colossences 1:14-17. ME3 185 2 Este é o grandioso assunto celestial que em grande parte tem sido omitido dos sermões porque Cristo não é formado na mente humana. E Satanás tem conseguido que seja assim, para que Cristo não seja o assunto de contemplação e adoração. Este nome, tão poderoso, tão essencial, deve estar em toda língua. ME3 185 3 "Da qual [a Igreja] me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus: O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos Seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a Sua eficácia que opera eficientemente em mim." Colossences 1:25-29. ME3 185 4 Eis aí a obra dos ministros de Cristo. Visto que esta obra não tem sido realizada, visto que Jesus e Seu caráter, Suas palavras e Sua obra não têm sido apresentados ao povo, a situação religiosa das igrejas testifica contra seus mestres. As igrejas estão prestes a morrer porque é apresentada pouca coisa de Cristo. Elas não têm vida espiritual e discernimento espiritual. ME3 186 1 Receio da mensagem da justiça pela fé -- Os próprios mestres do povo não se tornaram familiarizados, por viva experiência, com a Fonte de sua confiança e de sua força. E quando o Senhor suscita homens e os envia com a exata mensagem para este tempo, a fim de que seja transmitida ao povo -- uma mensagem que não é uma nova verdade, mas exatamente a mesma que Paulo ensinou, que o próprio Cristo ensinou -- ela é para eles uma doutrina estranha. Começam a advertir as pessoas -- que estão prestes a morrer por não terem sido fortalecidas pela exaltação de Cristo diante delas -- dizendo: "Não sejais muito apressadas. Convém esperar e não envolver-vos nessa questão até que estejais melhor informados a seu respeito." E os pastores pregam as mesmas teorias insípidas, quando o povo necessita de novo maná. ME3 186 2 O caráter de Cristo é um caráter infinitamente perfeito, e Ele precisa ser exaltado, precisa ser realçado proeminentemente, pois é o poder, a força, a santificação e a justiça de todos os que crêem nEle. Os homens que têm tido um espírito farisaico pensam que se eles se apegarem às agradáveis teorias antigas e não tomarem parte na mensagem enviada por Deus a Seu povo, estarão em boa e segura posição. Assim pensavam os fariseus de tempos antigos, e seu exemplo devia ser uma advertência para que os pastores se afastem desse terreno de enfatuação pessoal. ME3 186 3 Apresentai assuntos inspiradores, do evangelho -- Necessitamos de um poder que desça sobre nós, agora, e nos estimule à diligência e a intensa fé. Então, batizados com o Espírito Santo, teremos Cristo formado em nós, a esperança da glória. Manifestaremos então a Cristo como o divino objeto de nossa fé e de nosso amor. Falaremos de Cristo, oraremos a Cristo e a respeito de Cristo. Louvaremos o Seu santo nome. Apresentaremos ao povo Seus milagres, Sua abnegação, o sacrifício de Si mesmo, Seus sofrimentos e Sua crucifixão, Sua ressurreição e triunfante ascensão. Estes constituem os inspiradores assuntos do evangelho, para despertarem amor e intenso fervor em todo coração. Eis aí os tesouros da sabedoria e do conhecimento, uma fonte inesgotável. Quanto mais buscardes desta experiência, tanto maior será o valor de vossa vida. ME3 187 1 A água viva pode ser extraída da fonte, mas não haverá uma diminuição do suprimento. Os ministros do evangelho seriam homens poderosos se pusessem sempre o Senhor diante de si e dedicassem seu tempo ao estudo de Seu admirável caráter. Se fizessem isto, não haveria apostasias, ninguém seria separado da associação por haver, pelas suas práticas licenciosas, desonrado a causa de Deus e exposto Jesus ao vitupério. As faculdades de todo ministro do evangelho devem ser empregadas para ensinar as igrejas que crêem a receber a Cristo pela fé como seu Salvador pessoal, a introduzi-Lo em sua própria vida e torná-Lo seu Modelo, para aprender de Jesus, crer em Jesus e exaltar a Jesus. O pastor deve, ele mesmo, demorar-se no caráter de Cristo. Deve ponderar a verdade e meditar sobre os mistérios da redenção, especialmente a obra mediadora de Cristo para este tempo. ME3 187 2 Demorai-vos mais na encarnação e na expiação -- Se Cristo é tudo e em todos para cada um de nós, por que Sua encarnação e Seu sacrifício expiatório não são mais realçados nas igrejas? Por que o coração e a língua não são empregados para louvar o Redentor? Esta será a aplicação das faculdades dos remidos pelos intermináveis séculos da eternidade. ME3 187 3 Nós mesmos precisamos ter viva ligação com Deus, a fim de ensinar a Jesus. Então podemos dar o vivo testemunho pessoal do que Cristo é para nós por experiência e fé. Recebemos a Cristo e, com divino fervor, podemos contar aquilo que constitui permanente poder em nós. As pessoas precisam ser atraídas para Cristo. Deve-se dar ênfase a Sua eficácia para salvar. ME3 187 4 Os verdadeiros discípulos, sentando-se aos pés de Cristo, descobrem as preciosas gemas da verdade proferidas por nosso Salvador, e discernirão seu significado e apreciarão seu valor. E cada vez mais, ao tornarem-se humildes e dóceis, sua compreensão será aberta para descobrir maravilhosas coisas de Sua lei, pois Cristo as apresentou de modo claro e distinto. ME3 188 1 A doutrina da graça e salvação por meio de Jesus Cristo é um mistério para uma grande parte daqueles cujos nomes se encontram nos livros da igreja. Se Cristo estivesse na Terra, falando a Seu povo, Ele os censuraria por sua morosidade de compreensão. Diria para os vagarosos e incompreensivos: "Deixei em vosso poder verdades que têm que ver com a vossa salvação, cujo valor não podeis imaginar." ME3 188 2 Oxalá pudesse ser dito dos pastores que estão pregando ao povo e às igrejas: "Então lhe abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras"! Lucas 24:45. Digo-vos no temor de Deus que, até agora, as verdades bíblicas relacionadas com o grande plano da redenção são compreendidas apenas indistintamente. A verdade estará continuamente se desdobrando, expandindo e desenvolvendo, pois é divina, como seu Autor. ME3 188 3 Como Jesus ensinava o povo -- Jesus não fazia amplos comentários ou constantes sermões sobre doutrinas, mas freqüentemente proferia frases curtas, como alguém que semeasse os grãos celestiais das doutrinas como pérolas que precisam ser apanhadas pelo trabalhador perspicaz. As doutrinas da fé e da graça são expostas em toda a parte em que Ele ensinou. Oh! por que os pastores não dão às igrejas o próprio alimento que lhes proporcionará saúde e vigor espirituais? O resultado será uma rica experiência em obediência prática à Palavra de Deus. Por que os pastores não consolidam o resto que estava para morrer? ME3 188 4 Quando estava prestes a deixar Seus discípulos, Cristo buscou o maior conforto que podia dar-lhes. Prometeu-lhes o Espírito Santo -- o Consolador -- para juntar-Se ao esforço humano. Que promessa é menos experimentada, menos cumprida à Igreja, do que a promessa do Espírito Santo? Quando esta bênção, que traria todas as outras bênçãos em sua esteira, é omitida, o infalível resultado é aridez espiritual. Este é o opróbrio que recai sobre o pregador. A Igreja precisa levantar-se, e não contentar-se mais com o escasso orvalho. ME3 189 1 Nossa necessidade do Espírito Santo -- Oh! por que os membros de nossa Igreja não alcançam seus privilégios? Eles não são pessoalmente sensíveis à necessidade da influência do Espírito de Deus. A Igreja pode dizer como Maria: "Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram." João 20:13. ME3 189 2 Os pastores que pregam a verdade presente admitem a necessidade da influência do Espírito de Deus na convicção do pecado e na conversão de almas, e esta influência precisa acompanhar a pregação da Palavra, mas eles não sentem suficientemente sua importância para ter profundo e prático conhecimento da mesma. A escassez da graça e poder da divina influência da verdade sobre seu próprio coração impede que discirnam as coisas espirituais e que apresentem à Igreja sua evidente necessidade. E assim eles vão claudicando, apoucados no crescimento religioso, porque em seu ministério há uma religião legal. O poder da graça de Deus não é considerado como viva e real necessidade, como princípio permanente. ME3 189 3 Oxalá todos pudessem ver isto e abraçar a mensagem que lhes foi dada por Deus! Ele despertou Seus servos para apresentarem a verdade que, devido a abranger o ato de erguer a cruz, tem sido perdida de vista e sepultada sob o entulho da formalidade. Ela precisa ser libertada e recolocada na estrutura da verdade presente. Suas reivindicações precisam ser defendidas, e deve ter sua posição assegurada na terceira mensagem angélica. ME3 189 4 Promulguem os muitos ministros de Cristo um santo jejum, proclamem uma assembléia solene, e busquem a Deus enquanto Se pode achar. Invocai-O enquanto vos achais agora ao pé da cruz do Calvário. Despojai-vos de todo orgulho e, como representantes e defensores das igrejas, chorai entre o pórtico e o altar, clamando: "Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio. Tira de nós o que quiseres, mas não retenhas Teu Santo Espírito de nós, Teu povo." Orai, oh! orai pelo derramamento do Espírito de Deus! -- Manuscrito 27, 1889. ------------------------Capítulo 22 -- Ênfase sobre o assunto da salvação -- 1890-1908 ME3 190 1 A provisão para a salvação -- Penitências, mortificações da carne, constante confissão do pecado, sem arrependimento sincero; jejuns, festas e cerimônias exteriores, não acompanhadas por verdadeira devoção -- tudo isso não tem valor algum. O sacrifício de Cristo é suficiente; Ele fez uma oferta completa e eficaz para Deus; e o esforço humano sem o mérito de Cristo é inútil. Não somente desonramos a Deus com esse procedimento, mas destruímos nossa utilidade no presente e no futuro. Deixar de apreciar o valor do sacrifício de Cristo tem uma influência degradante; frustra nossas expectativas e faz com que não correspondamos a nossos privilégios; induz-nos a aceitar infundadas e perigosas teorias a respeito da salvação que foi adquirida para nós a um preço infinito. O plano da salvação não é compreendido como sendo o meio pelo qual o poder divino é trazido ao homem, a fim de que seu esforço humano seja inteiramente bem-sucedido. ME3 190 2 Ser perdoado da maneira como Cristo perdoa, não é somente ser absolvido, mas também renovado no espírito do nosso entendimento. O Senhor diz: "Dar-te-ei um coração novo." A imagem de Cristo deve ser gravada na própria mente, coração e alma. O apóstolo declara: "Nós, porém, temos a mente de Cristo." 1 Coríntios 2:16. Sem o processo transformador que só pode ocorrer pelo poder divino, as propensões originais para pecar permanecem no coração com toda a sua intensidade, para forjar novas correntes, para impor uma escravidão que jamais poderá ser rompida pelo poder humano. Mas os homens nunca poderão entrar no Céu com seus velhos gostos, inclinações, ídolos, idéias e teorias. O Céu não seria um lugar de alegria para eles; pois tudo estaria em conflito com seus gostos, apetites e inclinações, e se oporia dolorosamente a seus traços de caráter naturais e cultivados. ME3 191 1 A felicidade é o resultado de santidade e de conformidade com a vontade de Deus. Os que querem ser santos no Céu precisam primeiro ser santos na Terra; pois quando deixarmos a Terra, levaremos nosso caráter conosco, e isto será simplesmente levar conosco alguns dos elementos do Céu que nos foram comunicados pela justiça de Cristo. -- The Review and Herald, 19 de Agosto de 1890. ME3 191 2 Justificação e santificação realizadas pela fé -- 1890 -- Quando por meio de arrependimento e fé aceitamos a Cristo como nosso Salvador, o Senhor perdoa nossos pecados e suspende a punição prescrita para a transgressão da lei. O pecador se encontra, então, diante de Deus como uma pessoa justa; desfruta o favor do Céu, e, por meio do Espírito, tem comunhão com o Pai e o Filho. ME3 191 3 Então há ainda outra obra a ser realizada, e esta é de natureza progressiva. A alma deve ser santificada pela verdade. E isto também é realizado pela fé. Pois é somente pela graça de Cristo, a qual recebemos pela fé, que o caráter pode ser transformado. ME3 191 4 É importante que compreendamos claramente a natureza da fé. Há muitos que crêem que Cristo é o Salvador do mundo, que o evangelho é verídico e revela o plano da salvação, mas não possuem uma fé que salva. Estão intelectualmente convencidos da verdade, mas isto não é suficiente; a fim de ser justificado, o pecador precisa ter aquela fé que se apropria dos méritos de Cristo para sua própria alma. Lemos que os demônios "crêem, e tremem", mas a sua crença não lhes traz justificação; e a crença dos que meramente dão aquiescência intelectual às verdades da Bíblia também não lhes trará os benefícios da salvação. Essa crença não atinge o ponto vital, pois a verdade não prende o coração nem transforma o caráter. ME3 192 1 Na genuína fé para a salvação há confiança em Deus, por meio da crença no grande sacrifício expiatório efetuado pelo Filho de Deus, no Calvário. Em Cristo, o crente justificado contempla sua única esperança e seu único Libertador. Pode haver crença sem confiança; mas, sem fé, não pode haver certeza oriunda da confiança. Todo pecador que chegou ao conhecimento do poder de Cristo para salvar manifestará essa confiança de modo mais intenso ao progredir na experiência. -- The Signs of the Times, 3 de Novembro de 1890. ME3 192 2 Resistindo à tentação -- 1891 -- Muitos parecem pensar que é impossível não cair em tentação, que eles não têm poder para vencer; e pecam contra Deus com os lábios, expressando desalento e dúvida, em vez de fé e coragem. Cristo foi tentado em todos os pontos, à nossa semelhança, mas sem pecado. Ele disse: "Aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em Mim." Que significa isto? Significa que o príncipe do mal não pôde encontrar em Cristo uma posição vantajosa para sua tentação; e pode suceder a mesma coisa conosco. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1891. ME3 192 3 A perfeição não é alcançada de um salto -- 1891 -- Estamos olhando além do tempo; estamos olhando para a eternidade. Estamos procurando viver de tal modo que Cristo possa dizer: "Muito bem, servo bom e fiel." Vivamos, cada um de nós, dessa maneira. Pode ser que cometamos faltas; pode ser que erremos; mas Deus não nos deixará no erro. "Se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo." Há esperança para nós; somos presos de esperança. ME3 192 4 Apeguemo-nos às ricas promessas de Deus. O jardim de Deus está cheio de ricas promessas. Oh! procuremos colhê-las; levemo-las para casa; demonstremos que cremos em Deus! Aceitemos o que Ele afirma; que nenhum de nós se encontre desconfiando de Deus ou duvidando dEle! ME3 193 1 Sejamos cristãos em crescimento. Não devemos ficar parados. Devemos estar mais na frente hoje do que estávamos ontem; aprendendo cada dia a ser mais confiantes, a depender inteiramente de Jesus. Assim devemos ir crescendo. Não alcançais a perfeição de um salto; a santificação é a obra de toda a vida. ... ME3 193 2 Lembro-me de um homem e sua esposa, em 1843,... os quais esperavam que o Senhor viesse em 1844, e estavam aguardando e vigiando. E cada dia eles oravam a Deus; antes de desejar boa noite um ao outro, eles diziam: "Talvez o Senhor venha quando estivermos dormindo, e precisamos estar preparados." Então o marido perguntava à esposa se ele dissera uma palavra durante o dia que ela achava que não estava de acordo com a verdade e a fé que eles professavam; e então ela fazia a mesma pergunta para ele. Em seguida, prostravam-se diante do Senhor e Lhe perguntavam se tinham pecado em pensamento, palavra ou ação, e, nesse caso, que Ele perdoasse essa transgressão. Necessitamos agora exatamente de uma simplicidade como essa. ME3 193 3 Deveis ser como criancinhas, apegando-vos aos méritos do Salvador crucificado e ressurreto, e então sereis fortalecidos. Como? Os anjos de Deus estarão ao vosso redor como uma muralha de fogo. A justiça de Cristo, que reivindicais, vai adiante de vós, e a glória de Deus é a vossa retaguarda. Deus santifique a língua; Deus santifique os pensamentos; Deus santifique nossa mente, para que nos demoremos em assuntos celestiais e, então, para que comuniquemos esse conhecimento e luz a outros. Há um grande avanço para nós, e não deveis parar aqui. Que Deus vos ajude a tirar o máximo proveito de vossas responsabilidades! -- Manuscrito 9, 1891. ME3 193 4 A justificação explicada -- 1891 -- A justificação pela fé é um mistério para muitos. O pecador é justificado por Deus quando se arrepende de seus pecados. Ele vê a Jesus sobre a cruz do Calvário. Por que todo esse sofrimento? A lei de Jeová foi violada. A lei do governo de Deus no Céu e na Terra foi transgredida, e é declarado que a penalidade do pecado é a morte. Mas "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Oh! que amor, que incomparável amor! Cristo, o Filho de Deus, morrendo pelo homem culpado! ME3 194 1 O pecador discerne a espiritualidade da lei de Deus e suas obrigações eternas. Ele vê o amor de Deus em prover um substituto e fiador para o homem culpado, e esse substituto é Alguém igual a Deus. Esta manifestação de graça na dádiva da salvação ao mundo enche o pecador de admiração. Este amor de Deus ao homem derruba toda barreira. Ele se aproxima da cruz, que foi colocada a meio caminho, entre a divindade e a humanidade, e se arrepende de seus pecados de transgressão, porque Cristo o está atraindo para Si. Não espera que a lei o purifique do pecado, pois não há nenhuma virtude perdoadora na lei para salvar os transgressores da lei. Ele olha para o Sacrifício expiatório como sua única esperança, por meio de arrependimento para com Deus -- porque foram violadas as leis de Seu governo -- e de fé em nosso Senhor Jesus Cristo como Aquele que pode salvar e purificar o pecador de toda transgressão. ME3 194 2 A obra mediadora de Cristo começou com o início da culpa, do sofrimento e da infelicidade humana, logo que o homem se tornou um transgressor. A lei não foi abolida para salvar o homem e colocá-lo em harmonia com Deus. Mas Cristo assumiu a posição de fiador e libertador ao tornar-Se pecado pelo homem, para que este pudesse tornar-se a justiça de Deus nAquele que era Um com o Pai, e por Seu intermédio. Os pecadores só podem ser justificados por Deus quando Ele lhes perdoa os pecados, suspende a punição que eles merecem e os trata como se realmente fossem justos e não houvessem pecado, dispensando-lhes o favor divino e tratando-os como se fossem justos. Eles são justificados unicamente pela justiça imputada por Cristo. O Pai aceita o Filho e, mediante o sacrifício expiatório de Seu Filho, aceita o pecador. ME3 194 3 Fé geral não é suficiente -- Muitos mantêm uma fé geral, e reconhecem que o cristianismo é a única esperança para as almas que perecem. Mas, crer isto intelectualmente não é suficiente para a salvação da alma. ... ME3 195 1 Há necessidade não só de fé, mas também de confiança em Deus. Esta é a verdadeira fé de Abraão, uma fé que produziu frutos. "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça." Tiago 2:23. Quando Deus mandou que ele oferecesse seu filho em sacrifício, era a mesma voz que falara ordenando que ele deixasse seu país e fosse para uma terra que Deus lhe mostraria. Abraão foi tão verdadeiramente salvo pela fé em Cristo como o pecador é salvo pela fé em Cristo hoje em dia. ME3 195 2 A fé que justifica sempre produz primeiro verdadeiro arrependimento, e então boas obras, as quais constituem o fruto dessa fé. Não há fé para a salvação que não produza bom fruto. Deus deu Cristo ao nosso mundo para que Se tornasse o substituto do pecador. No momento em que é exercida verdadeira fé nos méritos do custoso sacrifício expiatório, reivindicando a Cristo como Salvador pessoal, nesse próprio momento o pecador é justificado diante de Deus, porque está perdoado. ME3 195 3 Como vencer -- 1891 -- João chamou a atenção do povo para o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. Ele disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" Há muita coisa nessa expressão "que tira". A pergunta é: Continuaremos a pecar como se fosse impossível vencermos? Como devemos vencer? Como Cristo venceu, e esta é a única maneira. Ele orava a Seu Pai celestial. Podemos fazer a mesma coisa. ... Quando tentados a falar e praticar o que é mau, resisti a Satanás, dizendo: "Não submeterei minha vontade ao teu domínio. Cooperarei com o poder divino e, pela graça, serei vencedor. -- Manuscrito 83, 1891. ME3 195 4 Cristo compensa nossas deficiências inevitáveis -- 1891 -- Jesus ama Seus filhos, mesmo quando eles erram. Pertencem a Jesus, e devemos tratá-los como a aquisição do sangue de Jesus Cristo. Qualquer atitude injusta para com eles é anotada nos livros como se fosse contra Jesus Cristo. Ele mantém Seu olhar sobre eles, e quando fazem o que está ao seu alcance, implorando o auxílio de Deus, podem estar certos de que o serviço será aceito, embora imperfeito. ME3 196 1 Jesus é perfeito. A justiça de Cristo lhes é imputada, e Ele dirá: "Tirai-lhe as vestes sujas e vesti-o de trajes novos." Jesus compensa nossas deficiências inevitáveis. Onde os cristãos são fiéis um ao outro, sinceros e leais ao Comandante do Exército do Senhor, nunca entregando por traição encargos nas mãos do inimigo, eles serão transformados no caráter de Cristo. Jesus permanecerá em seu coração pela fé. -- Carta 17a, 1891. Ver também a declaração similar feita em 1885 e publicada em Fé e Obras, 43. ME3 196 2 Correi para Cristo logo que é cometido o pecado -- 1892 -- Muitos não oram. Acham que estão sob a condenação devido ao pecado, e pensam que não devem ir a Deus enquanto não fizerem alguma coisa para merecer Seu favor ou até que Deus tenha esquecido suas transgressões. Eles dizem: "Não posso levantar mãos santas diante de Deus, sem ira e sem animosidade, e, portanto, não posso ir." Assim eles permanecem longe de Cristo, e estão cometendo pecado durante todo o tempo em que procedem desse modo, pois sem Ele nada podeis fazer, a não ser o mal. ME3 196 3 Logo que cometeis algum pecado, deveis correr para o trono da graça, e contar tudo a Jesus. Deveis estar cheios de tristeza pelo pecado, porque por meio do pecado enfraquecestes vossa própria espiritualidade, entristecestes os anjos celestiais, e feristes e magoastes o amoroso coração de vosso Redentor. Quando, com a alma contrita, pedistes perdão a Jesus, crede que Ele vos perdoou. Não duvideis de Sua misericórdia divina, nem recuseis o conforto de Seu infinito amor. -- The Bible Echo, 1° de Fevereiro de 1892. (Discurso proferido em Melbourne, Austrália, em 19 de Dezembro de 1891.) ME3 196 4 E se pecarmos depois que fomos perdoados? -- 1892 -- É o Espírito Santo que nos concede arrependimento. Jesus nos atrai para Si por meio de Seu divino Espírito; e pela fé no Seu sangue somos purificados do pecado: "O sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado." 1 João 1:7. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." Verso 9. ME3 197 1 Suponhamos, porém, que pequemos depois que fomos perdoados, depois que nos tornamos filhos de Deus. Precisamos ficar desesperados? -- Não, pois João escreve: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo." Cap. 2:1. Jesus está nas cortes celestiais, intercedendo junto ao Pai em nosso favor. Ele apresenta nossas orações, mesclando com elas o precioso incenso de Seu próprio mérito, para que nossas orações sejam aceitáveis ao Pai. Ele acrescenta a fragrância a nossas orações, e o Pai nos ouve porque pedimos as próprias coisas que necessitamos, e nos tornamos aos outros um aroma de vida para vida. ME3 197 2 Jesus veio sofrer em nosso favor, para que pudesse comunicar-nos Sua justiça. Só há um meio de escape para nós, e se encontra unicamente em nos tornarmos participantes da natureza divina. ME3 197 3 Muitos dizem, porém, que Jesus não era como nós, que Ele não era como nós somos no mundo, que era divino, e que não podemos vencer como Ele venceu. Mas Paulo escreve: "Pois Ele, evidentemente, não tomou a natureza dos anjos; mas tomou sobre Si a descendência de Abraão. Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, Se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados." Hebreus 2:16-18. "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas, antes foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." Cap. 4:15, 16. Jesus declara: "Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também Eu venci, e Me sentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:21. ME3 198 1 Jesus cingiu a raça humana com Sua humanidade, e uniu a divindade com a humanidade; assim é trazido poder moral ao homem pelos méritos de Jesus. Os que professam Seu nome devem santificar-se por Sua graça para que possam exercer uma influência santificadora sobre todos aqueles com quem se comunicam. -- The Review and Herald, 1° de Março de 1892. ME3 198 2 Não há tempo para cruzar os braços -- 1892 -- Quando passamos a sentir nossa completa dependência de Cristo para a salvação, devemos cruzar os braços e dizer: "Não tenho que fazer coisa alguma; estou salvo; Jesus realizou tudo"? -- Não; devemos empregar toda a energia para que possamos tornar-nos participantes da natureza divina. Continuamente devemos estar vigiando, esperando, orando e trabalhando. ME3 198 3 Embora façamos tudo que estiver ao nosso alcance, não podemos pagar, porém, o resgate de nossa alma. Não podemos fazer nada para originar fé, pois a fé é o dom de Deus; nem podemos aperfeiçoá-la, pois Cristo é o Consumador de nossa fé. É tudo de Cristo. Todo o anseio por uma vida melhor provém de Cristo, e constitui uma evidência de que Ele vos está atraindo para Si, e de que estais sendo sensíveis a Seu poder atrativo. -- The Bible Echo, 15 de Março de 1892. ME3 198 4 A natureza de Cristo implantada em nós -- 1894 -- A verdade, preciosa verdade, é santificadora em sua influência. A santificação da alma pela operação do Espírito Santo é a implantação da natureza de Cristo na humanidade. É a graça de nosso Senhor Jesus Cristo revelada no caráter, e a graça de Cristo posta em prática em boas obras. Assim o caráter é transformado cada vez mais perfeitamente à imagem de Cristo em justiça e verdadeira santidade. Há amplos requisitos na verdade divina que abrangem um aspecto após o outro de boas obras. As verdades do evangelho não são desconexas; unindo-se, elas formam uma fieira de jóias celestiais, como na obra pessoal de Cristo, e, como fios de ouro, elas atravessam toda a obra e experiência cristã. ME3 198 5 Cristo é o sistema completo da verdade. Ele diz: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida." Todos os crentes verdadeiros se centralizam em Cristo; seu caráter é irradiado por Cristo; todos se encontram em Cristo e giram em torno de Cristo. A verdade vem do Céu para limpar e purificar o instrumento humano de toda contaminação moral. Ela conduz a ação benevolente, a bondoso, terno e solícito amor para com os necessitados, aflitos e sofredores. Isto é obediência prática às palavras de Cristo. -- Manuscrito 34, 1894. ME3 199 1 Satanás presumia estar santificado -- 1894 -- Satanás presumia estar santificado e se exaltava acima de Deus, mesmo nas cortes celestiais. Tão grande era o seu poder enganador que ele corrompeu um grande número de anjos e atraiu-lhes a simpatia para seu interesse egoísta. Quando tentou a Cristo no deserto, ele presumia estar santificado e ser um anjo puro das cortes celestiais; mas Jesus não foi enganado por suas pretensões, e os que vivem de toda palavra que procede da boca de Deus também não serão enganados. ME3 199 2 Deus não aceitará uma obediência voluntariosa e imperfeita. Os que presumem estar santificados, mas desviam os ouvidos de ouvir a lei, demonstram ser filhos da desobediência, cujo coração carnal não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. -- Manuscrito 40, 1894. ME3 199 3 Fé e boas obras -- 1895 -- Nossa aceitação por Deus só é segura por meio de Seu Filho amado, e as boas obras são apenas o resultado da atuação de Seu amor que perdoa o pecado. Não constituem um crédito para nós, e nada nos é atribuído por nossas boas obras que possamos usar para reivindicar uma parte na salvação de nossa alma. A salvação é o dom gratuito de Deus para o crente, que lhe é concedido unicamente por amor a Cristo. A alma perturbada pode encontrar paz pela fé em Cristo, e sua paz será proporcional a sua fé e confiança. Não pode apresentar suas boas obras como argumento para a salvação de sua alma. ME3 199 4 As boas obras não têm, porém, nenhum valor real? É o pecador que cada dia comete pecado impunemente considerado por Deus com o mesmo favor como aquele que pela fé em Cristo procura agir em sua integridade? A Escritura responde: "Somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas." ME3 200 1 Em Sua providência divina, por meio de Seu favor imerecido, o Senhor ordenou que as boas obras sejam recompensadas. Somos aceitos unicamente pelo mérito de Cristo; e os atos de misericórdia, as ações de caridade, que realizamos, são os frutos da fé; e eles se tornam uma bênção para nós; pois os homens serão recompensados de acordo com as suas obras. ME3 200 2 É a fragrância do mérito de Cristo que torna nossas boas obras aceitáveis a Deus, e é a graça que nos habilita a praticar as obras pelas quais Ele nos retribui. Nossas obras, em si e por si mesmas, não têm mérito algum. Quando fizemos tudo que nos era possível fazer, devemos considerar-nos servos inúteis. Não merecemos agradecimentos de Deus. Só fizemos o que era nosso dever, e nossas obras não podiam ter sido realizadas na força de nossa própria natureza pecaminosa. ME3 200 3 O Senhor recomendou que nos aproximemos dEle, e Ele Se aproximará de nós; e, aproximando-nos dEle, recebemos a graça pela qual realizamos as obras que serão recompensadas por Suas mãos. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1895. ME3 200 4 Circundados pela atmosfera do céu -- 1898 -- "Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro." 1 João 4:19. Verdadeira conversão, verdadeira santificação será a causa da mudança em nossos conceitos e em nossos sentimentos de uns para com os outros e para com Deus. "Nós conhecemos e cremos o amor que Deus nos tem. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele." Verso 16. Precisamos crescer na fé. Precisamos conhecer a santificação do Espírito. Com fervorosa oração, precisamos buscar a Deus, para que o divino Espírito possa operar em nós. Deus será então glorificado pelo exemplo do instrumento humano. Seremos cooperadores de Deus. ME3 200 5 A santificação de alma, corpo e espírito nos circundará da atmosfera do Céu. Se Deus nos escolheu desde a eternidade, é para que fôssemos santos, tendo a consciência purificada de obras mortas para servirmos ao Deus vivo. Não devemos de maneira alguma fazer do próprio eu o nosso deus. Deus a Si mesmo Se deu para morrer por nós, a fim de que pudesse purificar-nos de toda iniqüidade. O Senhor levará avante essa obra de perfeição para nós se consentirmos em ser dominados por Ele. Leva avante essa obra para nosso bem e para a glória de Seu próprio nome. ME3 201 1 A importância de fé simples e implícita -- Precisamos dar vivo testemunho às pessoas, apresentando-lhes a simplicidade da fé. Precisamos aceitar o que Deus afirma e crer que Ele fará exatamente o que disse. Se nos castiga, é para que sejamos participantes de Sua natureza divina. Faz parte de todos os Seus desígnios e planos levar avante a santificação diária em nós. Não reconheceremos nossa obra? Não apresentaremos aos outros seu dever, o privilégio que eles têm de crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo? ME3 201 2 "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." 1 Tessalonicenses 4:3. Não temos prosseguido para o alvo, para o prêmio de nossa soberana vocação. O próprio eu tem encontrado lugar em demasia. Oh, permiti que a obra seja efetuada sob a direção especial do Espírito Santo! O Senhor requer todas as energias da mente e de todo o ser. É Sua vontade que estejamos em harmonia com Ele na vontade, no temperamento, no espírito, em nossas meditações. A obra da justiça não pode ser levada avante sem que exerçamos implícita fé. ME3 201 3 Avançai cada dia sob a poderosa atuação de Deus. O fruto da justiça é tranqüilidade e segurança para sempre. Se tivéssemos exercido mais fé em Deus e confiado menos em nossas próprias idéias e sabedoria, Deus teria manifestado Seu poder de maneira acentuada nos corações humanos. Pela união com Ele, por viva fé, é-nos concedido o privilégio de desfrutar a virtude e eficácia de Sua mediação. Por isso somos crucificados com Cristo, mortos com Cristo, ressuscitados com Cristo, para andar em novidade de vida com Ele. -- Carta 105, 1898. ME3 201 4 É necessário haver verdadeira santificação -- 1902 -- Há duas noites, acordei às dez horas, muito preocupada com a falta da atuação do Espírito Santo entre nosso povo. Levantei-me e andei pelo quarto, implorando que o Senhor chegasse mais perto, muito mais perto de Seu povo, dotando-os de tal poder que realizem Sua obra tão poderosamente que por meio deles seja revelada a abundante graça de Cristo. ... ME3 202 1 No Sermão da Montanha, Cristo deu uma definição de verdadeira santificação. Ele levou uma vida de santidade. Ele era uma lição prática do que devem ser os Seus seguidores. Devemos ser crucificados com Cristo, sepultados com Ele, e vivificados então por Seu Espírito. Então somos imbuídos de Sua vida. ME3 202 2 A obra de toda a vida -- Nossa santificação é o objetivo de Deus em todo o Seu trato conosco. Ele nos escolheu desde a eternidade para que fôssemos santos. Cristo a Si mesmo Se entregou para nossa redenção, para que por nossa fé em Seu poder para salvar do pecado pudéssemos tornar-nos completos nEle. Ao dar-nos Sua Palavra, Ele nos deu pão do Céu. Ele declara que se comermos Sua carne e bebermos Seu sangue, receberemos a vida eterna. ME3 202 3 Por que não nos alongamos mais sobre isso? Por que não procuramos fazer com que seja compreendido com facilidade, visto que significa tanta coisa? Por que os cristãos não abrem os olhos para ver a obra que Deus requer que eles façam? Santificação é a obra progressiva de toda a vida. O Senhor declara: "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." 1 Tessalonicenses 4:3. É vossa vontade que vossos desejos e inclinações sejam postos em conformidade com a vontade divina? ME3 202 4 Como cristãos, comprometemo-nos a realizar e cumprir nossas responsabilidades e mostrar ao mundo que temos íntima ligação com Deus. Assim, por meio das piedosas palavras e obras de Seus discípulos, Cristo deve ser representado. ME3 202 5 Deus requer de nós perfeita obediência a Sua lei -- a expressão de Seu caráter. "Anulamos, pois, a lei, pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei." Romanos 3:31. Esta lei é o eco da voz de Deus, dizendo a nós: Mais santos, sim, mais santos ainda. Desejai a plenitude da graça de Cristo; sim, almejai a justiça -- tende fome e sede dela. A promessa é: "Sereis fartos." Seja vosso coração imbuído de intenso anseio por essa justiça, cujo efeito a Palavra de Deus declara ser paz, e seu fruto, repouso e segurança, para sempre. ME3 203 1 Participantes da natureza divina -- É nosso privilégio ser participantes da natureza divina, livrando-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Deus afirmou claramente que requer que sejamos perfeitos; e, porque requer isto, Ele tomou providências para que sejamos participantes da natureza divina. Somente assim podemos ter êxito em nosso empenho pela vida eterna. O poder é concedido por Cristo. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." João 1:12. ME3 203 2 Deus requer de nós conformidade com a Sua imagem. Santidade é o reflexo, da parte de Seu povo, dos brilhantes raios de Sua glória. Mas, a fim de refletir essa glória, o homem precisa cooperar com Deus. O coração e a mente têm de ser esvaziados de tudo que conduz ao mal. A Palavra de Deus deve ser lida e estudada com o sincero desejo de obter poder espiritual dela. O pão do Céu precisa ser ingerido e assimilado, para que se torne uma parte da vida. Assim obtemos vida eterna. Então é atendida a oração do Salvador: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." -- Carta 153, 1902. ME3 203 3 Opiniões e práticas devem sujeitar-se à palavra de Deus -- Há muitos que alegam ter sido santificados a Deus; quando, porém, lhes é apresentada a grande norma de justiça, ficam muito excitados e manifestam um espírito que prova que eles nada conhecem do que significa ser santificado. Não têm a mente de Cristo; pois os que realmente são santificados respeitarão a Palavra de Deus e lhe obedecerão logo que lhes seja exposta, e expressarão ardente desejo de conhecer o que é a verdade em todo ponto de doutrina. Sentimento exultante não é evidência de santificação. A afirmação: "Estou salvo, estou salvo" não prova que a alma está salva ou santificada. ME3 204 1 Para muitos que se acham grandemente excitados é declarado que eles estão santificados, quando não têm uma idéia inteligente do que significa essa palavra, pois não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus. Ufanam-se de estar em conformidade com a vontade de Deus porque se sentem felizes; mas, quando são provados, quando a Palavra de Deus é aplicada a sua experiência, tapam os ouvidos para não ouvir a verdade, dizendo: "Estou santificado", e isso põe fim à controvérsia. Não querem ter nada que ver com examinar as Escrituras para saber o que é a verdade, e demonstram estar terrivelmente iludidos. Santificação significa muito mais do que arroubo de sentimento. ME3 204 2 Excitação não é santificação. Inteira conformidade com a vontade de nosso Pai que está no Céu unicamente é santificação, e a vontade de Deus é expressa em Sua santa lei. A observância de todos os mandamentos de Deus é santificação. Demonstrar ser filhos obedientes à Palavra de Deus é santificação. A Palavra de Deus deve ser nosso guia, não as opiniões ou idéias de homens. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1902. ME3 204 3 Santificação, uma experiência em contínuo crescimento -- 1908 -- Se firmarmos a mente em Cristo, Ele virá para nós como a chuva, como a chuva temporã e serôdia sobre a Terra. Como o Sol da Justiça, Ele aparecerá trazendo salvação nas Suas asas. Podemos crescer como o lírio, renovar-nos como os cereais e desenvolver-nos como a videira. ME3 204 4 Olhando constantemente para Cristo, pautando a vida por Ele, como nosso Salvador pessoal, cresceremos à Sua semelhança em todas as coisas. Nossa fé aumentará, nossa consciência será santificada. Tornar-nos-emos cada vez mais semelhantes a Cristo em todas as nossas obras e palavras. Graças a Deus, creremos em Sua Palavra. "O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio-próprio. Contra estas coisas não há lei." -- Carta 106, 1908. ME3 207 6 Em 1887 Ellen White sugeriu em Testimonies for the Church 5:583, 584, que "jovens fortes, arraigados e firmados na fé" poderiam, "se assim fossem aconselhados por nossos irmãos dirigentes, entrar nos colégios mais adiantados de nossa terra, onde tivessem mais vasto campo de estudo e observação", e, como os valdenses, poderiam "fazer boa obra, mesmo enquanto adquirissem a educação". Estes conceitos foram repetidos diversas vezes durante a década seguinte, salientando as oportunidades que isso proporcionaria para eficaz testemunho em escolas não adventistas do sétimo dia e fazendo ao mesmo tempo advertências oportunas. O capítulo 26 termina com uma seleção desses conselhos. -- Depositários White. ------------------------Capítulo 23 -- Apelo para uma escola de igreja ME3 209 1 Prometi que falaria esta manhã a respeito da necessidade de tirar nossas crianças das escolas públicas e prover lugares adequados em que possam ser educadas corretamente. Fiquei surpresa com a atitude indiferente de alguns, a despeito das reiteradas advertências de que os pais devem suprir suas famílias não somente com referência a seus interesses atuais, mas especialmente com referência a seus interesses futuros e eternos. O caráter que formamos nesta vida decidirá nosso destino. Se quisermos, podemos levar uma vida que se compara com a vida de Deus. ME3 209 2 Toda família cristã é uma igreja em si. Os membros da família devem ser semelhantes a Cristo em toda ação. O pai deve manter tão viva relação com Deus que compreenda seu dever de tomar providências para que os membros de sua família recebam uma educação e preparo que os habilite para a futura vida imortal. A seus filhos devem ser ensinados os princípios do Céu. Ele é o sacerdote do lar, sendo responsável a Deus pela influência que exerce sobre cada membro de sua família. Deve colocar sua família sob as circunstâncias mais favoráveis possível, para que não sejam tentados a sujeitar-se aos hábitos e costumes, às práticas nocivas e aos frouxos princípios que encontrariam no mundo. ... ME3 210 1 Sobre os pais e as mães recai a responsabilidade de dar uma educação cristã aos filhos que lhes foram confiados. Nunca devem negligenciar a seus filhos. De forma alguma devem permitir que algum ramo de atividade lhes absorva a mente, o tempo e os talentos de tal modo que seus filhos, os quais deviam ser guiados em harmonia com Deus, sejam deixados à deriva até se separarem completamente dEle. Não devem permitir que seus filhos escapem de seu domínio e passem para as mãos dos descrentes. Precisam fazer tudo que estiver ao seu alcance para impedir que sejam imbuídos do espírito do mundo. Devem adestrá-los para que se tornem cooperadores de Deus. Constituem a mão humana de Deus, habilitando a si mesmos e a seus filhos para a vida eterna no lar celestial. ME3 210 2 A educação de nossos filhos começa no lar. A mãe é sua primeira professora. Quando tiverem idade suficiente, consentiremos que ingressem nas escolas públicas? ME3 210 3 A escola pública ou a escola de igreja? -- Há muitos anos, em Oakland, meu marido e eu conversamos com um professor de escola pública sobre as escolas públicas na cidade. Ele nos disse: "Se os pais conhecessem a iniqüidade que com toda a certeza sabemos que é praticada nessas escolas, haveria tal furor contra elas que nem vocês nem eu conseguiríamos imaginar. Os jovens são corruptos; e a espécie de lares que eles têm é algo que nossos professores não podem dizer." Essa declaração foi feita há mais de vinte anos. Será que as condições em nossas escolas públicas melhoraram depois disso? ME3 210 4 Alguns pais e mães são tão indiferentes, tão descuidados, que pensam que não haverá diferença se os seus filhos freqüentarem a escola de igreja ou uma escola pública. "Estamos no mundo", dizem eles, "e não podemos sair dele." Mas, pais, podemos afastar-nos bastante do mundo se resolvermos fazê-lo. Podemos deixar de ver muitos dos males que estão se multiplicando rapidamente nestes últimos dias. Podemos evitar ouvir muita coisa da iniqüidade e do crime existentes. ME3 211 1 Devemos fazer tudo que for possível para colocar a nós mesmos e a nossos filhos onde não vejamos a iniqüidade que é praticada no mundo. Devemos guardar cuidadosamente a visão de nossos olhos e a audição de nossos ouvidos, para que essas terríveis coisas não penetrem em nossa mente. Quando o jornal diário entra em casa, como que sinto o desejo de escondê-lo, para que não sejam vistas as coisas ridículas e sensacionais nele contidas. Afigura-se que o inimigo está na base da publicação de muitas coisas que aparecem nos jornais. Toda coisa pecaminosa que possa ser encontrada é exposta e mostrada ao mundo. ME3 211 2 A linha demarcatória entre os que servem a Deus e os que não O servem sempre deve permanecer bem distinta. A diferença entre os crentes e os descrentes deve ser tão grande como a diferença entre a luz e as trevas. Quando o povo de Deus adotar a posição de que eles constituem o templo do Espírito Santo, a própria habitação de Cristo, irão revelá-Lo tão claramente no espírito, nas palavras e nas ações, que haverá inconfundível distinção entre eles e os seguidores de Satanás. ... ME3 211 3 Educando os filhos nos princípios bíblicos -- Alguns do povo de Deus permitem que seus filhos freqüentem as escolas públicas, onde andam na companhia dos que são corruptos. Nessas escolas os seus filhos não podem estudar a Bíblia nem aprender seus princípios. Pais cristãos, deveis tomar providências para que vossos filhos sejam educados nos princípios bíblicos. E não fiqueis satisfeitos meramente por estudarem a Palavra em nossa escola. Vós mesmos deveis ensinar as Escrituras a vossos filhos, quando vos assentais, ao sair e ao entrar, e ao andar pelo caminho. Andai mais frequentemente com os vossos filhos do que tendes feito. Conversai com eles. Dirigi-lhes a mente na direção certa. Ao fazer isso, verificareis que a luz e a glória de Deus penetrarão em vossos lares. Como, porém, podeis esperar Sua bênção se não educardes vossos filhos corretamente? ME3 212 1 Estou meramente tocando nalguns pontos de diversos assuntos relacionados com o preparo e a educação das crianças. Em alguma ocasião espero tratar desses pontos de maneira mais ampla, pois sou levada a compenetrar-me plenamente de que esses assuntos precisam ser apresentados ao nosso povo. Os adventistas do sétimo dia precisam agir de um modo completamente diferente da maneira em que têm agido, se quiserem que a aprovação de Deus repouse sobre eles em seus lares. ME3 212 2 Todo pai e mãe fiel ouvirá dos lábios do Mestre as palavras: "Muito bem, servo bom e fiel;... entra no gozo do teu Senhor." Oxalá o Senhor nos ajude a ser servos bons e fiéis em nosso trato uns com os outros. Ele recomenda que nos consideremos "uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras", ajudando e fortalecendo uns aos outros. ME3 212 3 A necessidade de uma escola de igreja em Crystal Springs -- Estamos quase no lar. Nós nos encontramos nas fronteiras do mundo eterno. Os que forem dignos logo serão introduzidos no reino de Deus. Não temos tempo para perder. Devemos estabelecer a obra de maneira correta aqui em Crystal Springs. Aqui estão nossos filhos. Permitiremos que eles sejam contaminados pelo mundo -- por sua iniqüidade, por sua desconsideração aos mandamentos de Deus? Pergunto aos que pretendem enviar seus filhos à escola pública, onde é provável que sejam contaminados: Como podeis correr semelhante risco? ME3 212 4 Desejamos erigir um edifício escolar para nossos filhos. Devido aos numerosos pedidos de recursos, parece ser difícil conseguir dinheiro suficiente ou despertar um interesse suficientemente grande para construir um pequeno e adequado edifício escolar. Eu disse à comissão da escola que cederei um pedaço de terra para eles durante o tempo em que quiserem usá-lo para fins escolares. Espero que haja suficiente interesse para habilitar-nos a erigir um edifício onde possa ser ensinada a nossos filhos a Palavra de Deus, a qual é o sangue vital e a carne do Filho de Deus. ... ME3 212 5 Não tereis interesse na construção desse edifício escolar, no qual será ensinada a Palavra de Deus?... Esperamos ter um edifício escolar em que possa ser ensinada a Bíblia, em que possam ser oferecidas orações a Deus e em que as crianças possam ser instruídas nos princípios bíblicos. Esperamos que cada um que possa pôr mãos à obra conosco queira tomar parte na construção deste edifício. Esperamos preparar um pequeno exército de obreiros na encosta desta colina. ... ME3 213 1 Não há razão para que esta questão se prolongue. Disponham-se todos a ajudar, perseverando com inquebrantável interesse até que o edifício seja concluído. Que cada um faça alguma coisa! Alguns talvez tenham de levantar-se às quatro horas da manhã, a fim de ajudar. ... ME3 213 2 Irmãos e irmãs, que fareis para ajudar a construir uma escola de igreja? Cremos que cada um considerará um privilégio e uma bênção que tenhamos este edifício escolar. Sejamos imbuídos do espírito da obra, dizendo: "Nós nos levantaremos e construiremos." Se todos puserem mãos à obra, de maneira harmoniosa, logo teremos um edifício escolar no qual dia a dia se ensine a nossas crianças o caminho do Senhor. Se fizermos o que estiver ao nosso alcance, a bênção de Deus repousará sobre nós. Iremos levantar-nos e construir? -- Manuscrito 100, 1902. ------------------------Capítulo 24 -- Conselho a respeito da idade para entrar na escola Relatório de uma entrevista ME3 214 1 Relatório de uma reunião do Conselho Escolar da Igreja do Sanatório [Califórnia], realizada em "Elmshaven", Sanatório, Cal., na quinta-feira de manhã, 14 de Janeiro de 1904. ME3 214 2 A irmã White falou durante algum tempo, como segue: ME3 214 3 Durante anos, foram-me dadas muitas instruções a respeito da importância de manter firme disciplina no lar. Procurei escrever essas instruções por extenso e transmiti-las aos outros. Num dos próximos volumes de minha autoria [Educação] será publicada considerável matéria adicional sobre a instrução das crianças. ME3 214 4 Os que assumem as responsabilidades da paternidade devem considerar primeiro se conseguirão cercar seus filhos de influências apropriadas. O lar é tanto uma igreja de família como uma escola de família. A atmosfera do lar deve ser tão espiritual que todos os membros da família, pais e filhos, sejam abençoados e fortalecidos por sua associação uns com os outros. As influências celestiais são educativas. Os que estão cercados de tais influências estão sendo preparados para a entrada na escola do alto. ME3 214 5 As mães devem estar em condições de instruir sabiamente seus filhinhos durante os primeiros anos da infância. Se toda mãe fosse capaz de fazer isso, e tomasse tempo para ensinar a seus filhos as lições que eles deviam aprender no começo da vida, todas as crianças poderiam permanecer então na escola do lar até que tivessem oito, nove ou dez anos de idade. ME3 215 1 Muitos, porém, que entram na relação matrimonial não conseguem compreender todas as sagradas responsabilidades abrangidas pela maternidade. Lamentavelmente, muitos carecem de autoridade disciplinar. Em muitos lares há bem pouca disciplina, e as crianças têm permissão para fazer o que bem entendem. Tais crianças vagueiam duma parte para a outra; não há ninguém no lar que seja capaz de guiá-las corretamente, ninguém que com bastante tato possa ensinar-lhes como ajudar o pai e a mãe, ninguém que consiga lançar devidamente o fundamento que sirva de base para sua educação no futuro. As crianças que estão cercadas por essas condições desditosas realmente são dignas de lástima. Se não lhes for concedida uma oportunidade para adequado preparo fora do lar, ficarão privadas de muitos privilégios que, por direito, toda criança deve desfrutar. Esta é a luz que me foi apresentada. ME3 215 2 Os que são incapazes de instruir corretamente os seus filhos nunca deviam ter assumido as responsabilidades de ser pais. Por causa de seu julgamento errôneo, não havemos de fazer, porém, nenhum esforço para ajudar seus pequeninos a formarem caráter correto? Deus deseja que lidemos sensatamente com esses problemas. ME3 215 3 Escolas ligadas a sanatórios -- Em todos os nossos sanatórios a norma deve manter-se bem alta. Com estas instituições devem estar ligados, como médicos, administradores e auxiliares, só os que mantêm suas famílias em ordem. A conduta das crianças exerce uma influência que repercute em todos os que chegam a esses sanatórios. Deus deseja que essa influência seja reformadora. E pode ser assim; mas é preciso haver cuidado. O pai e a mãe devem dar especial atenção ao preparo de cada filho. Sabeis, porém, qual é a condição das famílias na encosta dessa colina. Os pacientes compreendem como são as coisas. Da maneira como isto me é apresentado, constitui uma vergonha que não haja sobre as crianças a influência que devia haver. Cada uma delas deve ocupar-se em fazer alguma coisa que seja útil. Foi-lhes dito o que precisam fazer. Se o pai não pode estar com elas, a mãe deve ser instruída sobre como educá-las. ME3 216 1 No entanto, desde que estou aqui, tem-me sido dada a luz de que a melhor coisa que pode ser feita é ter uma escola. Eu não tinha a intenção de que os pequeninos fossem acolhidos nessa escola -- não os bem pequenos. Mas, seria melhor ter essa escola para os que podem ser instruídos e estar sob a influência refreadora que o professor deve exercer. Temos uma escola aqui porque a Palavra de Deus não podia ser ensinada na outra escola [pública]. Nosso irmão [Antônio], que leciona nessa escola, é plenamente capaz de dirigir uma escola com o ensino da Palavra. Ele é plenamente capaz de fazer isso. Tem sua posição, foi assalariado por eles, e enquanto permitirem que não seja perturbado, convém que permaneça ali. ME3 216 2 Privilégios escolares para crianças mais novas -- Aqui há, porém, uma obra que precisa ser efetuada em prol das famílias e das crianças que tenham sete, oito e nove anos de idade. Devíamos ter uma divisão inferior, isto é, uma segunda divisão, na qual pudessem ser instruídas essas crianças. Elas aprenderiam na escola o que freqüentemente não aprendem fora dela, a não ser por associação. ... ME3 216 3 Pois bem, parece que a questão é acerca dessas crianças irem para a escola. Desejo saber dos pais, de cada um deles, quem é que se sente perfeitamente satisfeito com seus filhos, assim como eles são, sem enviá-los para a escola -- para uma escola que tenha aulas de Bíblia, ordem, disciplina, e que procure prover alguma coisa para elas fazerem, a fim de aproveitarem o tempo. Não creio que haja alguém que tenha objeções, se chegar a compreender isso. ME3 216 4 O contexto do conselho inicial -- Quando eu ouvi, porém, quais eram as objeções, a saber, que as crianças não podiam ir a escola até que tivessem dez anos de idade, eu quis dizer-vos que não havia uma escola na qual se observasse o sábado quando me foi dada a luz de que as crianças não deviam freqüentar a escola até que tivessem idade suficiente para ser instruídas. Elas deviam ser educadas em casa para saber quais eram as maneiras apropriadas quando fossem à escola, e para não ser desencaminhadas. A iniqüidade que campeia pelas escolas comuns quase é inconcebível. ME3 217 1 É assim que é, e meu espírito tem sido muito agitado quanto à idéia: "Ora, a irmã White disse assim e assim, e a irmã White falou isto ou aquilo; e, portanto, procederemos exatamente de acordo com isso." ME3 217 2 Deus quer que todos nós tenhamos bom senso, e deseja que raciocinemos movidos pelo senso comum. As circunstâncias alteram as condições. As circunstâncias modificam a relação das coisas. ME3 217 3 Uma escola de igreja e deficiente direção no lar -- Aqui há um sanatório, e esse sanatório deve exercer a mais elevada influência possível, tanto interna como externamente. Então, se eles vêem as crianças que chegam ali -- de olhar penetrante, com olhos de lince, vagueando dum lugar para outro, sem ter o que fazer, fazendo travessuras e todas essas coisas -- isso é constrangedor para as sensibilidades dos que desejam manter a boa reputação da escola. Por conseguinte, de acordo com a luz que Deus me tem dado, [declaro que] se houver uma família que não tem a capacidade de educar, nem disciplina e governo sobre seus filhos, requerendo obediência, a melhor coisa é colocá-los nalgum lugar em que obedeçam. Colocai-os nalgum lugar em que seja requerido que obedeçam, porque a obediência é melhor do que o sacrifício. A boa conduta deve ser desenvolvida em toda família. ME3 217 4 Estamos educando os pequeninos de Deus em nossos lares. Pois bem, que espécie de educação estamos dando para eles? Nossas palavras, são elas dissolutas, descuidadas e frívolas? Há uma disposição arbitrária? Há repreensões e atritos porque os pais não têm o poder de dirigir? O Senhor quer que levemos todas as coisas em consideração. Todo pai e toda mãe têm em mãos um problema a ser resolvido: Como vão os meus filhos? Onde estão eles? Estão crescendo para Deus ou para o diabo? Todas estas coisas devem ser consideradas. ME3 217 5 O livro que está para sair terá muito que dizer sobre os grandes princípios que devem ser postos em execução no preparo das crianças, desde o próprio bebê nos braços. O inimigo trabalhará precisamente por meio dessas crianças, se elas não forem disciplinadas. Alguém as disciplina. Se a mãe ou o pai não o fizer, o diabo o fará. É exatamente assim. Ele tem o domínio. ... ME3 218 1 Não direi muita coisa agora, porque desejo compreender devidamente sobre o que devo falar. Quero que sejam apresentadas as objeções indicando por que as crianças não devem ter uma educação. O jardim da infância em Battle Creek ME3 218 2 Poderíamos fazer o mesmo que eles têm em Battle Creek. Eles me levaram de um lugar para outro no orfanato [Haskell Home] em Battle Creek. Ali estavam suas mesinhas, ali estavam suas criancinhas de cinco anos de idade para cima. Elas estavam sendo educadas no sistema do jardim da infância: como agir e como portar-se. Dispunham de um montão de areia de boa qualidade, e eles estavam ensinando às crianças como trabalhar juntas, como construir a arca de Noé, e como fazer os animais que entram nessa arca. Todas elas estavam realizando esse tipo de trabalho. Isso requer alguma coisa. ... ME3 218 3 Pois bem, tenho plena confiança no ensino da irmã Peck; mas, se ela levar avante o que está efetuando -- e estou convencida de que é exatamente aquilo que deve ser feito -- terá de haver uma professora adicional; não acha? ME3 218 4 Irmã Peck: Acho que se realizarmos o trabalho de maneira satisfatória e se tivermos mais algumas crianças, precisaremos de ajuda adicional. A luz dada sobre "essas coisas" ME3 218 5 Irmã White: Minhas idéias têm aparecido de maneira incipiente, um pouco aqui e um pouco ali. Tenho escrito sobre isso, mas não tudo. Preciso escrever mais. Desejo que atenteis para o que eu disse. Em primeiro lugar, compreendei isto. Esta é a luz que me tem sido dada a respeito dessas coisas. ME3 219 1 Aqui há crianças que são espertas. Há crianças de cinco anos de idade que podem ser educadas assim como muitas crianças de dez anos de idade, pelo que diz respeito às capacidades para captar as questões e os assuntos da mãe. ME3 219 2 Ora, eu quero que enquanto os filhos de Willie estiverem aqui e morarem aqui, eu quero que eles tenham a disciplina de uma escola. Se puder estar ligada com esta escola por um acréscimo ao edifício -- de uma sala, digamos -- para tais alunos, cada um de nós deve sentir a responsabilidade de prover essa sala. Quanto às mães que quiserem manter os filhos em casa, e são plenamente competentes e preferem educá-los por si mesmas, ninguém tem alguma objeção contra isso. Elas podem fazer isso. Mas devem ser tomadas providências para que os filhos de todos os que têm alguma ligação com esta fábrica de alimentos e com este sanatório, e com estas coisas que estão sendo levadas avante aqui, sejam educados. Precisamos fazer com que atinjam as normas mais elevadas. ME3 219 3 Pastor C. L. Taylor: Irmã White, há uma pergunta que eu gostaria de fazer a respeito da responsabilidade dos pais e da relação dessa responsabilidade para com a escola de igreja. Pois bem, suponhamos que eu tenha um menininho -- e tenho um -- de sete anos de idade. Nós somos perfeitamente capazes de educá-lo; estamos habilitados para realizar esse trabalho. Suponhamos agora que resolvamos não assumir essa responsabilidade, negligenciando o menino e deixando que vagueie por aí. Torna-se, então, a responsabilidade da igreja fazer o que eu poderia fazer se quisesse? Essa é a questão. Se eu não cuido do meu menino quando posso, quando sou capaz de fazê-lo, devo pedir que a igreja o faça em meu lugar? ME3 219 4 Irmã White: O irmão pode cuidar deles, mas está fazendo isso? ME3 219 5 Pastor G. C. White: Ela recusa considerar sua experiência isolada. ME3 219 6 Irmã White: A igreja aqui nesta colina é uma igreja responsável. Ela está ligada a influências exteriores. Essas influências são constantemente apresentadas para testificar de nós. A pergunta é: Estará ela unida e, se for necessário, preparará uma sala -- a qual não custará sempre tanto assim -- uma sala a que essas crianças possam vir e receber educação, e ter uma professora e ser instruídas de tal modo que estejam preparadas para a escola superior? A questão agora é essa. A espécie de educação que as crianças necessitam ME3 220 1 Digo que essas criancinhas que são pequenas devem ter educação, e é exatamente o que receberiam na escola. Devem desfrutar a disciplina da escola sob uma pessoa que saiba como lidar com as crianças de acordo com os seus temperamentos diferentes. Eles devem procurar fazer com que essas crianças compreendam suas responsabilidades de uns para com os outros e sua responsabilidade para com Deus. Devem ser incutidos em sua mente os próprios princípios que irão habilitá-las para a série mais elevada e para a escola superior. ME3 220 2 Há uma escola superior para a qual todos nós estamos indo, e a menos que essas crianças sejam educadas com hábitos e pensamentos corretos, e com a devida disciplina, pergunto a mim mesma como entrarão algum dia na escola do alto? Onde está sua reverência? Onde estão suas primorosas idéias que deviam cultivar? E todas essas coisas. Isto precisa ser uma experiência diária. ME3 220 3 A mãe, ao empenhar-se em seus afazeres, não deve ficar irritada, ralhar e dizer: "Você está me estorvando, e gostaria que fosse embora, gostaria que fosse lá fora", ou algo parecido com isso. Ela deve tratar seus filhos assim como Deus trata a Seus filhos de mais idade. Ele nos considera como filhos em Sua família. Quer que sejamos educados e instruídos de acordo com os princípios da Palavra de Deus. Quer que essa educação comece com os pequeninos. Se a mãe não tem tato e habilidade, se ela não sabe como lidar com mentes humanas, ela deve colocá-los sob a tutela de alguém que os discipline, e molde e modele sua mente. ME3 221 1 Pois bem, apresentei o assunto de tal modo que seja compreendido? Há algum ponto, Guilherme, que eu tenho no livro, que não abordei aqui? ME3 221 2 G. C. White: Não sei. Acho, Mãe, que nosso povo em todas as partes dos Estados Unidos e, devo dizer, de todo o mundo, às vezes faz deduções de mui longo alcance baseadas numa declaração isolada. ME3 221 3 Ora, em meu estudo da Bíblia e em meu estudo de seus escritos, passei a crer que há um princípio fundamental para todo preceito, e que não podemos compreender devidamente o preceito sem entender o princípio. ME3 221 4 Creio que nalgumas das declarações que suscitaram muita controvérsia -- como os seus conselhos a respeito do uso da manteiga, e sua declaração sobre o único professor que a criança devia ter até os oito ou dez anos de idade -- era nosso privilégio discernir o princípio. Creio que no estudo dessas declarações devemos reconhecer que todo preceito de Deus é dado com misericórdia, e em consideração das circunstâncias. ME3 221 5 Deus disse: "O que Deus ajuntou não o separe o homem"; no entanto, Cristo explica que a lei do divórcio foi dada por causa da dureza dos seus corações. Devido à degeneração das pessoas foi permitida a lei do divórcio que não estava no plano original de Deus. Creio que o princípio deve ser compreendido em relação com tais declarações isoladas como o seu protesto contra o uso da manteiga e a declaração de que a criança não deve ter outro professor que não seja a mãe, até os oito ou dez anos de idade. ME3 221 6 Pois bem, quando lhe foi dada aquela visão sobre a manteiga, foi-lhe apresentada a condição das coisas -- pessoas usando manteiga cheia de germes. Elas estavam fritando e cozendo nela, e seu uso era deletério. Mais tarde, porém, quando nosso povo estudou o princípio das coisas, eles verificaram que, embora a manteiga não seja o melhor, talvez não seja tão má como alguns outros males; e assim, nalguns casos, eles a estão usando. ME3 222 1 Suponho que essa questão da escola era idêntica. O plano ideal é que a mãe seja a professora -- uma professora inteligente como a que a senhora descreveu esta manhã. Acho, porém, que foi uma grande desdita para a nossa causa, do Maine à Califórnia, e de Manitoba à Flórida, que nosso povo interpretasse essa declaração de que a criança não deve ter outra professora senão a mãe, até que tenha oito ou dez anos de idade, como uma categórica proibição de que essas crianças desfrutem os privilégios da escola. No meu entender, essa é realmente a questão diante de nós esta manhã. ME3 222 2 Quando os irmãos estudam este assunto do ponto de vista do bem da criança, do ponto de vista da justiça para com os pais, pelo que eu posso ver, todos eles reconhecem que há condições nas quais seria melhor que a criança tivesse algum privilégio escolar, em vez de ser excluída. Há, porém, o preceito: A criança não deve ter outro professor senão os pais até os oitos ou dez anos de idade; isso resolve a questão. ... ME3 222 3 Irmã White: Bom, se os pais não se compenetraram disso, você pode parar onde está. Portanto, temos de tomar providências, porque há muitos pais que não resolveram disciplinar-se a si mesmos. ... ME3 222 4 Creio que as pessoas aqui por volta que têm vantagens podem, cada qual, fazer alguma coisa para sustentar uma escola para os outros. Eu estou disposta a fazer isso. Não acho que isso seja algo que deva ser levado em consideração. [Falamos de] "despesas", "despesas", "despesas" -- não é absolutamente nada ter um pouquinho de despesas. Estabelecendo um padrão ME3 222 5 G. C. White: Como meus filhos foram mencionados, eu gostaria de dizer uma palavra sobre isso. Meu interesse no resultado desta entrevista não é agora, absolutamente, no tocante a meus próprios filhos. Meu interesse no resultado desta entrevista é no tocante a sua influência sobre nossa obra em todas as partes do mundo. Meu interesse por esta escola, desde o começo até agora, não tem sido principalmente com referência a meus filhos. ... ME3 223 1 É do conhecimento de todos que a Irmã Peck possui ampla experiência no ensino, e que ela teve quatro anos de experiência com Mamãe, lidando com os seus escritos, ajudando a preparar o livro Educação. O meu maior interesse pela escola não tem sido minha própria família, nem simplesmente a igreja de Santa Helena. ME3 223 2 O meu interesse nesta escola reside no fato de que é nosso privilégio estabelecer um padrão. Os êxitos e os fracassos e as decisões desta escola influirão sobre a obra de nossas escolas por toda a parte da Califórnia e muito além, devido à longa experiência da irmã Peck como professora e ao seu trabalho com a senhora, Mamãe, ajudando a preparar o livro sobre educação. Todas estas coisas têm colocado esta escola onde ela é uma cidade edificada sobre um monte. ME3 223 3 Pois bem, meu pesar com a decisão sobre as crianças mais novas não ocorreu principalmente porque meus filhos foram excluídos, mas para bloquear uma decisão que considero muito cruel. Ela está sendo usada de modo a causar grande dano a nossas crianças mais novas. A questão do jardim de infância ME3 223 4 O mundo está realizando uma grande obra pelas crianças por meio dos jardins de infância. Nas localidades em que temos instituições e ambos os pais se acham empregados, eles enviariam de bom grado os filhos a um jardim de infância. Estou persuadido de que em muitas de nossas igrejas um jardim de infância devidamente dirigido, durante algumas horas por dia, seria uma grande bênção. Não encontrei nada em seus ensinos ou determinações, Mamãe, ou nos conselhos ao nosso povo, que seja contrário a isso. Mas as decisões dos superintendentes de nossa escola destruíram, destruíram completamente, na maioria das partes do país, todo esforço no sentido de prover a obra do jardim de infância para nossos filhos. ME3 223 5 Há alguns casos em que eles persistem em levá-la avante. O Dr. Kellogg o faz em sua escola para órfãos, que a senhora viu e enalteceu, e eles o estão fazendo nalguns outros lugares. Em Berrien Springs, no último verão, eles se aventuraram a introduzir uma professora do jardim de infância e permitir que essa parte da obra tenha um pouco de consideração; mas, em geral, em uns nove décimos do Campo, essa decisão dos superintendentes de nossa escola destrói completamente essa parte da obra. ME3 224 1 Irmã White: Bom, terá de haver uma reforma nesse sentido. ME3 224 2 G. C. White: E a decisão nesta escola aqui, e as razões que sempre me têm sido dadas para essa decisão, baseiam-se na sua declaração de que a mãe de uma criança deve ser sua única professora até que tenha oito ou dez anos de idade. Creio que para os melhores interesses de nossa obra escolar em todas as partes do mundo é o nosso privilégio termos essa entrevista que tivemos esta manhã e também de considerar o princípio que constitui a base dessas coisas. ME3 224 3 Irmã White: Sim, é bom que isso fique bem claro diante do povo. Pois bem, nunca encontrareis melhor oportunidade para fazer com que a irmã Peck tenha a supervisão até mesmo das crianças mais novas. Terá de haver uma fusão nalgum sentido. ME3 224 4 Quanto à sala, e deve haver uma sala, pergunto o que é melhor: que ela esteja diretamente ligada ao edifício ou que esteja separada? Tenho a impressão de que poderia ser um edifício isolado. Não sei o que seria melhor. Isso precisa ser considerado -- as vantagens e as desvantagens. Penso que a irmã Peck, tão bem ou melhor do que qualquer de nós outros, pode dizer como isso deve ser. ... Pode a escola constituir um desserviço? ME3 224 5 C. L. Taylor: Falamos sobre isto: Que a escola de igreja não será uma bênção para a comunidade quando ela assume uma responsabilidade com que os próprios pais podem arcar. E quando pomos avante e investimos nosso dinheiro num edifício, não faz qualquer diferença se é um edifício ou uma sala. Mas, quando assumimos a responsabilidade que os pais poderiam tomar sobre si, a escola de igreja se torna uma maldição ou um empecilho, e não uma bênção. Ora, isso foi tudo que eu já ouvi quando chegamos ao momento decisivo. ... ME3 225 1 Irmã Peck: Tem havido uma interrogação em minha mente sobre esse ponto, irmã White, de qual é o nosso dever como professores -- se é procurar ajudar os pais a ver e assumir sua responsabilidade, ou retirá-la deles admitindo seus filhos na escola. ME3 225 2 Irmã White: Se eles não sentiram sua responsabilidade diante de todos os livros, artigos e sermões, podeis lançá-la sobre eles de ora em diante até que o Senhor venha, e eles não se preocuparão com isso. Não adianta falar de responsabilidade quando eles nunca a sentiram. Uma escola que causa uma impressão favorável ME3 225 3 Precisamos ter uma escola em conexão com o Sanatório. Foi-me apresentado que onde quer que haja um sanatório deve haver uma escola, e essa escola precisa ser dirigida de tal modo que cause uma boa impressão sobre todos os que visitarem o Sanatório. As pessoas entrarão nessa escola. Elas verão como é dirigida. Ela não deve estar longe do Sanatório, para que possam conhecê-la. ME3 225 4 Na direção da escola deve haver a melhor espécie de disciplina. Ao aprender, os alunos não podem fazer o que bem entendem. Terão de submeter sua própria vontade à disciplina. Esta é uma lição que ainda tem de ser aprendida por muitas famílias. Ouvimos dizer, porém: "Oh! deixem que eles façam isso. São apenas crianças! Eles aprenderão quando forem mais velhos." ME3 225 5 Bom, assim que uma criança aos meus cuidados começasse a tornar-se impertinente, jogando-se no chão, digo-vos que ela só o faria uma vez. Eu não permitia que o diabo agisse por meio dessa criança, e se apoderasse dela. ME3 225 6 O Senhor quer que compreendamos as coisas. Ele diz: Abraão ordenou a seus filhos e a sua casa depois dele, e precisamos compreender o que significa ordenar, e precisamos compreender que temos de pôr mãos à obra se resistimos ao diabo. ME3 226 1 Bom, eu não sei se estamos mais adiantados do que quando começamos. ME3 226 2 C. L. Taylor: Sim, eu acho que estamos. ME3 226 3 Irmã White: Mas foram ditas algumas coisas. ME3 226 4 L. M. Bowen: Penso que sabemos o que teremos de fazer. ME3 226 5 Irmã Gotzian: Foi dito o suficiente para fazer-nos pensar e realizar alguma coisa. ME3 226 6 Irmã White: O Senhor está lidando conosco com seriedade. Sim; temos de ser um exemplo. E podeis ver agora que há tantos sanatórios e tantas escolas, que precisam estar ligadas a eles. Temos de enfrentar a realidade e reconhecer que precisamos exercer uma influência -- isto é, uma influência no tocante às crianças. ... ME3 226 7 Vossa escola deve ser uma escola que sirva de amostra. Não deve ser uma amostra segundo as escolas da atualidade. Não deve ser semelhante coisa. Vossa escola deve estar de acordo com um plano que se encontre muito à frente dessas outras escolas. Deve ser uma coisa prática. As lições têm de ser postas em prática, e não ser meramente uma recitação teórica. ME3 226 8 C. L. Taylor: Estou convencido de que quando começarmos a avançar nessa direção, veremos a chegada de verdadeira luz. -- Manuscrito 7, 1904. ------------------------Capítulo 25 -- Princípios orientadores em geral Em todo lugar em que há uma igreja ME3 227 1 Em todo lugar em que há uma igreja, grande ou pequena, ali deve ser estabelecida uma escola. -- Carta 108, 1899. Não as máximas de homens, mas a palavra de Deus ME3 227 2 Alimentar-se com a divina Palavra de Deus é o elemento divino que a alma necessita para conseguir um salutar desenvolvimento de todas as suas faculdades espirituais. Em todas as nossas escolas essa Palavra deve tornar-se a essência da educação; é isso que proporcionará santificado vigor, sabedoria, integridade e força moral, se for introduzido na experiência. Não são as palavras de sabedoria mundana, não são as máximas de homens, nem as teorias de seres humanos, mas é a Palavra de Deus. -- Manuscrito 41a, 1896. Nenhum plano estereotipado na educação ME3 227 3 O Senhor requer que toda pessoa que assume responsabilidades aplique na obra capacidades inteligentes e adestradas, e execute conscienciosamente suas idéias de acordo com o seu conhecimento e serviço prévios em escolas. O Senhor não designou algum plano especial e exato na educação. É o temor do Senhor que constitui o princípio da sabedoria. Quando homens com os seus diferentes traços de caráter assumirem a obra que lhes foi designada como professores e seguirem um plano de ensino de acordo com suas próprias capacidades, eles não devem supor que precisam ser um fac-símile dos professores que labutaram antes deles, para não estragar seu próprio registro. -- Manuscrito 170, 1901. Uma definição de verdadeira educação ME3 228 1 Verdadeira educação é o preparo das faculdades mentais, morais e físicas para o desempenho de todo dever, agradável ou não, o adestramento de todo hábito e prática, do coração, mente e alma, para o serviço divino. Então poderá ser dito a vosso respeito nas cortes celestiais: "Sois cooperadores de Deus". Ver 1 Coríntios 3:9. -- Carta 189, 1899. Louváveis qualidades das escolas suíças ME3 228 2 Vejo algumas coisas aqui na Suíça que penso serem dignas de imitação. Os professores das escolas sempre saem com os seus alunos quando estes estão brincando, e lhes ensinam como distrair-se, e reprimem qualquer desordem ou qualquer mal. Isso é uma lei invariável, e abrange as crianças de cinco a quinze anos de idade. ME3 228 3 Como recompensa do bom comportamento e da aplicação ao estudo, os professores levam seus alunos para fora e realizam uma longa caminhada com eles, dispensando as aulas mais cedo do que de costume. Gosto disso; penso que há menos oportunidade para as crianças cederem à tentação. Os professores parecem interessar-se pelas brincadeiras das crianças e regulá-las. ME3 228 4 Amor e regras estritas e inflexíveis -- Não posso de maneira alguma sancionar a idéia de que as crianças precisam sentir que estão sob constante suspeita, tendo de ser vigiadas, e que não podem agir como crianças. Participem, porém, os professores dos entretenimentos das crianças, sejam um com elas e mostrem que querem que elas sejam felizes, e isso dará confiança às crianças. Elas podem ser dominadas pelo amor, mas não por uma regra severa, estrita e inflexível, que as acompanhe em suas refeições e em seus entretenimentos. -- Carta 42, 1886. ME3 228 5 Nossos talentos nos são emprestados em custódia, para serem utilizados e desenvolvidos pelo uso. Oh, se os pais tão-somente compreendessem que as famílias na Terra podem ser símbolos da família no Céu! Se compreendessem sua responsabilidade de manter seus lares livres de toda mancha de corrupção moral! Deus quer que tenhamos muito mais do Céu em nossas famílias do que desfrutamos agora. ME3 229 1 Cenas agradáveis e atividades interessantes -- Desde os seus primeiros anos as crianças são aprendizes, e se forem mantidas cenas agradáveis diante delas no lar, ficarão familiarizadas com a cortesia, bondade e amor cristãos. Sua mente é formada pelo que elas vêem e ouvem, e os pais estão lançando a semente que produzirá uma colheita para o bem ou para o mal. Se os pais são apenas cristãos nominais, se não são praticantes da Palavra, eles estão colocando sua própria assinatura em seus filhos, e não a assinatura de Deus. As crianças anseiam alguma coisa que impressione a mente. Pais, por amor a Cristo, dai a sua alma faminta e sedenta alguma coisa que a satisfaça. ME3 229 2 As crianças são ativas por natureza, e se os pais não lhes provêem alguma ocupação, Satanás inventará algo para mantê-las ocupadas nalguma coisa má. Por isso preparai vossos filhos para algum trabalho útil. Podeis revestir todo trabalho de uma dignidade que o torne proveitoso e enobrecedor. ME3 229 3 Causai prazer no convívio com as crianças -- Não julgueis ser vosso dever tornar desagradável a vida de vossos filhos. Os dissabores chegarão com suficiente rapidez. Introduzi todo o prazer possível em vossas atividades como professores e educadores de vossos filhos. Estimulai-os a serem vossos companheiros. Certamente encontrareis impulsos pecaminosos, pecaminosas inclinações e hábitos censuráveis; se, porém, os encorajardes a buscar vossa companhia, podeis moldar corretamente seus gostos e sentimentos, e banir o descontentamento, as queixas e a rebelião. Vencei o seu orgulho vivendo diante deles um exemplo de mansidão e humildade de coração. ME3 229 4 Precisamos eliminar de nossa conversação tudo que é áspero e condenatório. Quando nos revestimos de Cristo em mansidão e humildade de coração representaremos a Cristo em todas as nossas relações com os nossos filhos. A todos os que labutam pela salvação de almas segundo as normas de Cristo, diz o Salvador: "Sois cooperadores de Deus; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós." -- Manuscrito 143, 1899. ------------------------Capítulo 26 -- Freqüentando colégios e universidades do país ME3 231 1 Seria perfeitamente seguro que nossos jovens ingressassem nos colégios de nosso país se eles se convertessem cada dia; se, porém, se sentirem em liberdade de ficar desprevenidos um só dia, nesse próprio dia Satanás estará a postos com as suas ciladas, e eles serão vencidos e levados a andar em falsos caminhos -- caminhos proibidos, caminhos que não foram preparados pelo Senhor. ME3 231 2 Pois bem, recusarão os cristãos professos associar-se aos não-convertidos, procurando não ter qualquer comunicação com eles? Não; devem estar com eles, no mundo e não do mundo, mas não participar de seus caminhos, nem ser impressionados por eles, e não ter o coração aberto para seus costumes e práticas. Suas relações de amizade devem ter o propósito de atrair outros para Cristo. ME3 231 3 A influência do erro apresentado repetidamente -- Eis aqui o perigo de nossos jovens. As atrações nessas instituições são de tal natureza, e o ensino está tão entremeado de erros e sofismas, que eles não conseguem discernir a peçonha de sentimento mesclada com o que é útil e precioso. Há uma tal corrente oculta, e ela age de tal maneira que muitos não a percebem, mas está constantemente em atividade. Certas idéias são constantemente expostas pelos professores, e repetidas reiteradas vezes, e por fim a mente começa a assimilar essas idéias e a sujeitar-se a elas. ME3 232 1 É o que acontece quando são estudados autores ateus. Esses homens têm arguto intelecto, e são apresentadas suas idéias perspicazes, e a mente dos estudantes é influenciada por elas; eles ficam encantados com o seu brilhantismo. ME3 232 2 De onde, porém, esses homens obtiveram seus poderes intelectuais? De onde proveio sua agudeza mental? Da Fonte de todo o conhecimento. Mas eles perverteram suas faculdades; eles as entregaram como contribuição ao diabo, e não achais que o diabo é sagaz? Muitos estão percorrendo os trilhos do diabo ao ler autores ateus. Satanás é um ser astuto, e eles se apaixonam por sua erudição e argúcia. -- Manuscrito 8b, 1891. Os perigos de ouvir os grandes homens do mundo ME3 232 3 Para muitos de nossos jovens há grande perigo em ouvir os discursos proferidos pelos que no mundo são chamados grandes homens. Esses discursos, amiúde, são de elevada natureza intelectual, e erros predominantes, da falsamente chamada ciência e da doutrina religiosa popular, são misturados com sábios depoimentos e observações, mas eles minam as declarações da Bíblia e dão a impressão de que há motivos para duvidar da veracidade da Palavra inspirada. Desse modo são lançadas as sementes do cepticismo por grandes e supostamente sábios homens, mas os seus nomes são registrados nos livros de registro no Céu como néscios, e eles constituem uma ofensa a Deus. Repetem as falsidades que Satanás colocou na boca da serpente, e educam os jovens em ilusões. ME3 232 4 Essa é a espécie de educação em que se deleita o inimigo. É sortilégio. O grande apóstolo perguntou: "Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?" Os que aceitam e admiram os sentimentos desses assim chamados grandes homens estão em perigo, porque pela sutileza do inimigo o raciocínio sofístico desses falsos mestres cria raízes no coração de nossos jovens, e quase imperceptivelmente eles se convertem da verdade para o erro. Mas a conversão devia ser exatamente no sentido inverso. Nossos jovens que têm visto as evidências da autenticidade da verdade devem estar firmemente estabelecidos e ser capazes de conquistar almas para Cristo dentre as trevas do erro. ME3 233 1 Os jovens que vão para Ann Arbor precisam aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal, senão eles edificarão sobre a areia, e seu fundamento será removido. O Espírito de Cristo precisa regenerar e santificar a alma, e a pura afeição por Cristo deve manter-se viva por meio de humilde confiança diária em Deus. Cristo tem de ser formado no íntimo, a esperança da glória. Seja Jesus revelado àqueles com quem vos associais. -- Carta 26, 1891. Estudantes adventistas do sétimo dia ME3 233 2 Os valdenses ingressavam nas escolas do mundo como estudantes. Eles não tinham pretensões; aparentemente, não davam atenção a pessoa alguma; mas praticavam o que criam. Nunca sacrificavam algum princípio, e seus princípios logo se tornaram conhecidos. Isso era diferente de tudo que os outros estudantes tinham visto, e eles começaram a perguntar para si mesmos: Que significa tudo isso? Por que esses homens não podem ser induzidos a desviar-se de seus princípios? Enquanto eles consideravam isso, ouviram-nos orar em seus quartos, não à Virgem Maria, mas ao Salvador, a quem se dirigiam como o único Mediador entre Deus e o homem. Os estudantes seculares eram estimulados a fazer perguntas, e, quando era contada a singela história da verdade, como é em Jesus, sua mente a aceitava com avidez. ME3 233 3 Procurei apresentar estas coisas em Harbor Heights [numa convenção educacional em 1891]. Os que têm o Espírito de Deus, estando plenamente imbuídos da verdade, devem ser animados a ingressar em faculdades, e viver a verdade, como Daniel e Paulo o fizeram. Cada um deve procurar ver qual é a melhor maneira de introduzir a verdade na escola, para que a luz possa difundir-se. Mostrem eles que respeitam todas as regras e regulamentos da escola. O fermento começará a atuar; pois podemos confiar muito mais no poder de Deus manifestado na vida de Seus filhos do que em quaisquer palavras que sejam proferidas. Mas eles também devem falar aos indagadores, numa linguagem bem simples, das singelas doutrinas da Bíblia. Lançando sementes da verdade em corações e mentes ME3 234 1 Há os que, depois de estarem estabelecidos, arraigados e fundamentados na verdade, deviam ingressar nessas instituições de ensino como estudantes. Eles podem manter os vivos princípios da verdade e observar o sábado, e terão também a oportunidade de trabalhar para o Mestre lançando sementes da verdade em corações e mentes. Sob a influência do Espírito Santo, essas sementes irão brotar e produzir fruto para a glória de Deus, e resultarão na salvação de almas. Os estudantes não precisam ir a essas instituições de ensino para tornar-se versados em assuntos teológicos; pois os próprios professores da escola precisam tornar-se estudantes da Bíblia. Não devem ser suscitadas controvérsias abertas, mas haverá oportunidade para fazer perguntas sobre doutrinas bíblicas, e a luz será projetada em muitas mentes. Será despertado um espírito de investigação. ME3 234 2 Um procedimento repleto de perigos -- Mas eu quase não ouso apresentar este método de trabalho; pois há o perigo de que os que não têm ligação com Deus se coloquem nessas escolas, e, em vez de corrigir o erro e difundir a luz, eles mesmos sejam desencaminhados. Mas essa obra precisa ser realizada, e será efetuada pelos que são guiados e ensinados por Deus. -- Manuscrito 22a, 1895. ------------------------Capítulo 27 -- A virtude da cortesia ME3 237 1 Os que trabalham para Cristo devem ser puros, íntegros e dignos de confiança, sendo também bondosos, compassivos e corteses. Há um encanto no trato dos que realmente são corteses. Palavras bondosas, aspecto agradável e boas maneiras são de inestimável valor. Cristãos descorteses, por sua desconsideração aos outros, demonstram não estar em união com Cristo. É impossível estar em união com Cristo e ser descortês. ME3 237 2 Todo cristão deve ser o que Cristo foi em Sua vida na Terra. Ele é o nosso exemplo, não somente em Sua ilibada pureza, mas também em Sua paciência, delicadeza e disposição cativante. Ele era firme como uma rocha no que dizia respeito à verdade e ao dever, sendo, porém, invariavelmente bondoso e cortês. Sua vida era uma ilustração perfeita de verdadeira cortesia. Sempre tinha um olhar bondoso e uma palavra de conforto para os necessitados e oprimidos. ME3 237 3 Sua presença trazia uma atmosfera mais pura ao lar, e Sua vida era um fermento que atuava entre os elementos da sociedade. Ileso e impoluto, Ele andava entre os irrefletidos, os rudes, os descorteses; entre os injustos publicanos, os ímpios samaritanos, os soldados pagãos, os rústicos camponeses e a multidão mista. Proferia uma palavra de simpatia aqui, e outra palavra ali, ao ver homens fatigados e compelidos a levar pesados fardos. Partilhava de suas cargas e repetia-lhes as lições que aprendera da Natureza, a respeito do amor e da bondade e da benevolência de Deus. ME3 238 1 Procurava infundir esperança nos mais rudes e menos prometedores, dando-lhes a certeza de que podiam tornar-se irrepreensíveis e impolutos, obtendo tal caráter que evidenciasse serem eles filhos de Deus. ME3 238 2 Ao labutar em favor dos descrentes -- Embora fosse judeu, Cristo Se comunicava com os samaritanos, não fazendo caso dos costumes farisaicos de Sua nação. Apesar dos preconceitos deles, aceitava a hospitalidade desse povo desprezado. Dormia sob os seus tetos, comia com eles às suas mesas, participando do alimento preparado e servido por suas mãos -- e ensinava em suas ruas, tratando-os com a máxima bondade e cortesia. ME3 238 3 Jesus sentava-Se como hóspede honrado à mesa dos publicanos, mostrando por Sua simpatia e afabilidade social que reconhecia a dignidade do gênero humano; e os homens almejavam tornar-se dignos de Sua confiança. Suas palavras caíam sobre as almas sedentas com bendito poder vivificante. Eram despertados novos impulsos, e abria-se a possibilidade de uma nova vida para esses párias da sociedade. ME3 238 4 Poderoso argumento em favor do evangelho -- O amor de Cristo enternece o coração e abranda toda aspereza nas atitudes. Aprendamos dEle como combinar elevado senso de pureza e integridade com um temperamento agradável. Um cristão bondoso e cortês é o mais poderoso argumento em favor do evangelho, que pode ser produzido. ME3 238 5 A conduta de alguns que professam ser cristãos é tão destituída de bondade e cortesia que seu bem é difamado. Sua sinceridade e retidão talvez não sejam postas em dúvida, mas sinceridade e retidão não compensarão a falta de bondade e cortesia. Tais pessoas precisam compreender que o plano da redenção é um plano de misericórdia, posto em operação para suavizar tudo que é duro e áspero na natureza humana. Precisam cultivar aquela rara cortesia cristã que torna os homens bondosos e atenciosos para com todos. O cristão deve ser compassivo bem como fiel, piedoso e cortês bem como íntegro e honesto. ME3 239 1 Os homens do mundo procuram ser corteses e tornar-se tão agradáveis quanto for possível. Eles procuram tornar seu modo de falar e suas maneiras de tal índole que tenham a maior influência sobre aqueles com os quais se comunicam. Usam seu conhecimento e capacidades tão habilmente quanto for possível para alcançar esse objetivo. "Os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz." ME3 239 2 No decorrer da vida, encontrareis pessoas cuja sorte longe está de ser fácil. Labutas e privações, sem nenhuma esperança de coisas melhores no futuro, tornam o seu fardo muito pesado. E quando é acrescentado o sofrimento e a doença, o fardo quase se torna insuportável. Aflitos e oprimidos, elas não sabem para onde volver-se em busca de alívio. Quando encontrardes tais pessoas, empenhai-vos de todo o coração na obra de ajudá-las. Não é o propósito de Deus que Seus filhos se encerrem em si mesmos. Lembrai-vos de que Cristo morreu por eles, assim como por vós. Em vosso trato com eles, sede compassivos e corteses. Isto abrirá o caminho para os ajudardes, para conquistardes sua confiança, para lhes transmitirdes esperança e coragem. ME3 239 3 A graça de Cristo transforma o homem inteiro -- O apóstolo nos exorta: "Segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." A graça de Cristo transforma o homem inteiro, tornando o grosseiro, polido; o rude, gentil; o egoísta, generoso. Ela controla o temperamento e a voz. Sua atuação é vista em polidez e terna consideração manifestadas de irmão para irmão, em palavras bondosas e animadoras e ações altruístas. Há uma presença angélica no lar. A vida exala suave perfume, que ascende a Deus como sagrado incenso. ME3 239 4 O amor é manifestado em bondade, delicadeza, clemência e longanimidade. A expressão do rosto se modifica. É revelada a paz do Céu. Vê-se uma delicadeza habitual, um amor mais do que humano. A humanidade torna-se participante da divindade. Cristo é honrado pela perfeição de caráter. À medida que essas modificações são aperfeiçoadas, os anjos rompem num cântico arrebatador, e Deus e Cristo Se regozijam com as almas moldadas de acordo com a semelhança divina. ME3 240 1 Tons agradáveis e linguagem correta -- Devemos acostumar-nos a falar em tons agradáveis; a usar linguagem pura e correta, e palavras que sejam bondosas e corteses. As palavras bondosas são como orvalho e suaves aguaceiros para a alma. A Escritura diz de Cristo que a graça era derramada em Seus lábios, para que Ele soubesse "dizer boa palavra ao cansado". E o Senhor nos ordena: "A vossa palavra seja sempre agradável", "e assim transmita graça aos que ouvem". ME3 240 2 Alguns com quem entrardes em contato serão rudes e descorteses; mas, por causa disso, vós mesmos não deveis ser menos corteses. Aquele que deseja preservar seu respeito próprio deve cuidar para não ferir desnecessariamente o respeito próprio dos outros. Esta regra deve ser observada religiosamente para com os mais estúpidos e para com os mais desajeitados. ME3 240 3 O que Deus tenciona fazer com esses indivíduos que aparentemente são pouco prometedores, vós não o sabeis. No passado Ele aceitou pessoas que não eram mais promissoras ou atraentes, para que realizassem uma grande obra para Ele. Seu Espírito, influindo sobre o coração, despertou toda faculdade para ação vigorosa. O Senhor viu nessas toscas pedras brutas precioso material que resistiria à prova da tormenta, do calor e da pressão. Deus não vê como vê o homem. Ele não julga segundo as aparências, mas esquadrinha o coração e julga com justiça. ME3 240 4 Sejamos abnegados, estando sempre atentos para animar a outros, para aliviar seus fardos, por meio de atos de terna bondade e de amor altruísta. Essas atenciosas cortesias, começando no lar e estendendo-se muito além do círculo familiar, muito contribuem para compor a soma total da felicidade da vida, e sua negligência não constitui pequena parcela dos infortúnios da vida. -- Manuscrito 69, 1902. Publicado na The Review and Herald, 20 de Agosto de 1959. ------------------------Capítulo 28 -- Vestuário e adorno Bênçãos do vestuário apropriado ME3 241 1 Próprio, modesto e decoroso -- No vestuário, bem como em todas as outras coisas, é nosso privilégio honrar a nosso Criador. Ele deseja que não somente seja nosso vestuário limpo e saudável, mas próprio e decoroso. -- Educação, 248. ME3 241 2 Devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus desceu a pormenores também no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isto nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram por Ele dadas em relação à roupa de Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se a todos os respeitos pelo asseio, modéstia e pureza. -- Testimonies for the Church 6:96; Testemunhos Selectos 2:393, 394. ME3 241 3 Pelas coisas da Natureza [as flores, os lírios], Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam aprazível nossa maneira de vestir. -- A Ciência do Bom Viver, 289. ME3 242 1 Verifica-se geralmente que o vestuário e seu arranjo na pessoa constituem um índice do homem ou da mulher. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. ME3 242 2 Avaliamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do vestuário que usa. Uma senhora modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. Na escolha de um vestuário simples e apropriado revelar-se-á um gosto apurado, uma mente culta. ... Aquela que é simples e despretensiosa no vestuário e nas maneiras, demonstra compreender que a verdadeira mulher é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante, é a simplicidade no vestir, que em graça pode ser comparada com as flores do campo! -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. Sólidos princípios orientadores ME3 242 3 Caso o mundo introduza uma moda modesta, conveniente e saudável no vestir, que esteja de acordo com a Bíblia, não mudará nossa relação para com Deus ou para com o mundo adotar tal estilo. Devem os cristãos seguir a Cristo e fazer suas roupas conformar-se com a Palavra de Deus. Devem evitar os extremos. Devem seguir humildemente um rumo certo, sem considerar os aplausos ou a censura, e apegar-se ao que é certo devido aos seus próprios méritos. -- Testimonies for the Church 1:458, 459. ME3 242 4 Rogo ao nosso povo que ande cuidadosa e circunspectamente diante de Deus. Segui os costumes no vestir até onde eles se conformem com os princípios da saúde. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas fazem, tendo as vestes de material bom e durável, apropriado para esta época, e não permitam que a questão do vestuário lhes encha a mente. Nossas irmãs devem vestir-se com simplicidade. Devem trajar-se com roupas modestas, com modéstia e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração viva do adorno interior da graça de Deus. -- Manuscrito 167, 1897. Publicado em Orientação da Criança, 414. Independência e coragem para andar corretamente ME3 242 5 Os cristãos não se devem dar a trabalhos para se tornarem objeto de ridículo com o vestirem-se diversamente do mundo. Se, porém, ao seguirem sua convicção do dever quanto a se vestirem modesta e saudavelmente, verificam estar fora da moda, não devem mudar seu trajo para serem semelhantes ao mundo; antes devem manifestar nobre independência e coragem moral para andar corretamente, ainda que todo o mundo difira deles. -- Testimonies for the Church 1:458. Aprimorando o gosto ME3 243 1 A verdade nunca torna os homens ou as mulheres grosseiros, rudes ou descorteses. Ela toma os homens em todo o seu pecado e mediocridade, separa-os do mundo, e aprimora-lhes os gostos, mesmo que sejam pobres e incultos. Sob a disciplina de Cristo, prossegue a constante obra de refinamento, santificando-os pela verdade. Se eles são tentados a exercer uma partícula de influência que conduziria para longe de Cristo, aos caminhos do mundo, em orgulho, ou moda ou ostentação, eles falarão palavras de resistência que desviarão o poder do inimigo. "Não sou de mim mesmo -- dizem eles. -- Sou comprado por preço. Sou um filho, uma filha de Deus." -- Carta 26, 1900. Simplicidade no vestuário ME3 243 2 Quando vejo muitos adventistas que guardam o sábado tornarem-se mundanos no pensamento, na conversação e no vestuário, meu coração se entristece. As pessoas que pretendem crer que possuem a última mensagem de misericórdia a ser dada ao mundo, são atraídas por modas mundanas e fazem grandes esforços para segui-las até onde pensam que sua profissão de fé lhes permite ir. O vestuário mundano entre nosso povo é tão visível que os descrentes comentam freqüentemente: "Pelo seu vestuário não se pode distingui-los do mundo." Sabemos que isto é certo, embora haja muitas exceções. ME3 243 3 Os que se conformam com o padrão do mundo não são poucos em número. Ficamos pesarosos ao ver que estão exercendo uma influência, levando outros a seguir seu exemplo. Quando vejo aqueles que adotam o nome de Cristo imitando as modas introduzidas por pessoas mundanas, tenho as mais dolorosas reflexões. Sua falta de semelhança com Cristo é evidente a todos. No adorno exterior é revelada às pessoas do mundo bem como aos cristãos a ausência do adorno interior, o ornamento de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. ... ME3 244 1 É indicada a condição do coração -- Acautelamos nossas irmãs em Cristo contra a tendência de fazerem seus vestidos de acordo com os estilos mundanos, atraindo assim a atenção. A casa de Deus é profanada pelo vestuário de mulheres professamente cristãs, hoje em dia. O vestuário extravagante, a exibição de correntes de ouro e rendas aparatosas, é uma clara indicação de cabeça fraca e coração orgulhoso. ME3 244 2 A fim de acompanhar a moda, muitos de nossos jovens incorrem em despesas que sua condição na vida não justifica. Filhos de pais pobres procuram vestir-se como os que são abastados. Os pais sobrecarregam suas finanças e o tempo e as forças que lhes foram dados por Deus na confecção e remodelação de roupas para satisfazer a vaidade de seus filhos. Se nossas irmãs que têm abundância de recursos regulassem seus gastos, não de acordo com a sua riqueza, mas levando em consideração sua responsabilidade para com Deus, como sábias despenseiras dos meios que lhes foram confiados, seu exemplo muito contribuiria para deter o mal que agora existe entre nós. ME3 244 3 A tática de Satanás -- Satanás está atrás dos bastidores, inventando as modas que conduzem à extravagância no dispêndio de meios. Ao formar as modas do dia, ele tem um propósito definido. Sabe que o tempo e o dinheiro que são dedicados para atender aos reclamos da moda não serão usados para finalidades mais elevadas e mais santas. Precioso tempo é esbanjado para acompanhar o passo das modas que sempre estão mudando, mas nunca satisfazem. Tão logo é introduzido um estilo, são inventados outros estilos, e então, a fim de que as pessoas elegantes se mantenham elegantes, o vestuário precisa ser remodelado. Assim, professos cristãos, com o coração dividido, esbanjam seu tempo, dando ao mundo quase todas as suas energias. ME3 245 1 Este fato completamente desnecessário é erguido e carregado voluntariamente por nossas irmãs. Metade dos seus fardos advêm da tentativa de seguir as modas; contudo, elas aceitam ansiosamente o jugo, porque a moda é o deus que adoram. Acham-se tão verdadeiramente presas em cadeias de servidão como o mais autêntico escravo; e, no entanto, falam de independência! Não conhecem os primeiros princípios da independência. Não têm vontade, gosto ou critério próprios. ME3 245 2 Satanás é admiravelmente bem-sucedido em fascinar a mente com estilos de vestuário em constante mutação. Ele sabe que enquanto a mente das mulheres estiver continuamente cheia do febricitante desejo de seguir a moda, suas sensibilidades morais serão fracas, e elas não poderão ser despertadas para compreenderem sua verdadeira condição espiritual. São mundanas, sem Deus, sem esperança. ME3 245 3 Bom gosto, propriedade e durabilidade -- Não desaprovamos o bom gosto e o asseio no vestuário. O gosto correto no vestuário não deve ser desprezado ou condenado. Conquanto tufos, enfeites e ornamentos desnecessários devam ser omitidos, recomendamos que nossas irmãs obtenham material bom e durável. Nada é ganho procurando economizar recursos com a aquisição de tecidos baratos. Sejam as roupas simples e asseadas, sem extravagância e ostentação. ME3 245 4 Jovens senhoras que se desvencilham da escravidão da moda serão ornamentos na sociedade. Aquela que é simples e despretensiosa no vestuário e nas maneiras, demonstra compreender que a verdadeira mulher é caracterizada pelo valor moral. -- Manuscrito 106, 1901. Publicado em The Review and Herald, 20 de Março de 1958. ME3 245 5 A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda a espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo, e que não pensam nem cuidam no que respeita ao mundo vindouro. -- Testimonies for the Church 3:366. Para onde estamos sendo levados? ME3 246 1 Uma irmã que passara algumas semanas numa de nossas instituições em Battle Creek disse ter ficado muito decepcionada com o que ela viu e ouviu ali. Pensara que encontraria um povo muito à frente das igrejas mais novas, tanto no conhecimento da verdade como na experiência religiosa. Esperava obter aqui bastante instrução que pudesse levar para suas irmãs na fé num Estado distante. Mas ficou surpresa e aflita com a leviandade, mundanismo e falta de devoção que encontrou em toda a parte. ME3 246 2 Antes de aceitar a verdade, ela seguira as modas do mundo em seu vestuário e usara jóias de alto preço e outros ornamentos; mas, ao decidir obedecer à Palavra de Deus, achou que seus ensinos requeriam que abandonasse todo adorno extravagante e supérfluo. Foi-lhe ensinado que os adventistas do sétimo dia não usavam jóias, ouro, prata ou pedras preciosas, e que não se sujeitavam às modas mundanas em seu vestuário. ME3 246 3 Quando ela viu entre os que professam a fé tão amplo afastamento da simplicidade bíblica, ficou perplexa. Não tinham eles a mesma Bíblia que ela havia estudado e com a qual procurava harmonizar a vida? Sua experiência passada tinha sido mero fanatismo? Interpretara mal as palavras do apóstolo: "A amizade do mundo é inimiga de Deus. Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus"? ME3 246 4 A Sra. D., uma senhora que ocupava um cargo na instituição, estava de visita no quarto da irmã _____, certo dia, quando esta última tirou de sua mala um colar e uma corrente de ouro e disse que queria vender essas jóias e colocar o dinheiro obtido na tesouraria do Senhor. Disse a outra: "Por que pretende vendê-lo? Eu o usaria se fosse meu." "Ora -- replicou a irmã _____ -- quando aceitei a verdade, foi-me ensinado que todas essas coisas precisam ser abandonadas. Certamente são contrárias aos ensinos da Palavra de Deus." E ela citou para sua ouvinte as palavras dos apóstolos Paulo e Pedro a respeito desse ponto: "Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)." "Não seja o adorno das esposas o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus." ME3 247 1 Como resposta, a senhora mostrou um anel de ouro no seu dedo, que fora dado por uma pessoa descrente, e disse que não via mal algum em usar tais ornamentos. "Não somos tão meticulosos -- disse ela -- como antigamente. Nosso povo foi demasiado escrupuloso em suas opiniões sobre o assunto do vestuário. As senhoras desta instituição usam relógios de ouro e correntes de ouro, e se vestem como as outras pessoas. Não é um bom plano de ação ser singular em nosso vestuário; pois não poderemos exercer tanta influência." ME3 247 2 Conformidade com Cristo ou com o mundo -- Perguntamos: Isso está de acordo com os ensinos de Cristo? Devemos seguir a Palavra de Deus ou os costumes do mundo? Nossa irmã decidiu que era mais seguro aderir à norma da Bíblia. Será que a Sra. D. e outras pessoas que seguem um procedimento similar se deleitarão em encontrar o resultado de sua influência naquele dia em que cada um receberá de acordo com as suas obras? ME3 247 3 A Palavra de Deus é clara. Seus ensinos não podem ser mal-interpretados. Obedeceremos a ela, assim como Ele no-la deu, ou procuraremos descobrir até onde podemos afastar-nos e ainda ser salvos? Oxalá todos os que estão ligados a nossas instituições aceitassem e seguissem a luz divina, sendo assim habilitados a transmitir a luz aos que andam nas trevas! ME3 247 4 A conformidade com o mundo é um pecado que está minando a espiritualidade de nosso povo e interferindo seriamente em sua utilidade. É inútil proclamar a mensagem de advertência ao mundo enquanto nós a negarmos nas atividades da vida diária. -- The Review and Herald, 28 de Março de 1882. "O eu, o eu, o eu precisa ser servido" ME3 248 1 Seria melhor que aqueles que têm braceletes e usam ouro e ornamentos tirassem esses ídolos de sua pessoa e os vendessem, mesmo que fosse por muito menos do que deram por eles, praticando assim a abnegação. O tempo é demasiado curto para adornar o corpo com ouro ou prata ou vestuário dispendioso. Sei que pode ser realizada uma boa obra neste sentido. Jesus, o Comandante nas cortes celestiais, pôs de lado Sua coroa real e Suas vestes reais, desceu de Seu trono real e revestiu Sua divindade com os trajes da humanidade, tornando-Se pobre por amor de nós, para que nós, por meio de Sua pobreza, pudéssemos entrar na posse das riquezas eternas, e, no entanto, as próprias pessoas pelas quais Cristo realizou tudo que era possível fazer para salvar as almas que perecem da ruína eterna sentem tão pouca disposição para negarem a si mesmas alguma coisa que elas têm dinheiro para comprar. ME3 248 2 O Senhor está prestes a voltar, e consigo está Sua recompensa, e Sua obra diante dEle, para retribuir a cada um segundo as suas obras. Procuro apresentar ao povo que estamos lidando com o dinheiro do Senhor para realizar a mais importante obra que pode ser efetuada. Eles podem individualmente, por meio da negação do próprio eu, fazer muito mais se todos fizerem um pouco, e os numerosos regatos formarão uma verdadeira corrente que flua em direção ao Céu. ME3 248 3 Na realidade, é difícil para todos perceberem a situação. O eu, o eu, o eu precisa ser servido e glorificado, e quão difícil é que todos se tornem cooperadores de Deus! Oh! que um espírito de sacrifício de si mesmo advenha a toda igreja, e que assim toda alma, próxima e distante, aprenda o valor do dinheiro, usando-o enquanto puder fazê-lo, e diga: "Nós Te damos, Senhor, do que é Teu mesmo!" Ver 1 Crônicas 29:14. -- Carta 110, 1896. ME3 248 4 Não temos tempo para estar ansiosos e preocupados com o que comeremos e beberemos, e com o que nos vestiremos. Vivamos e trabalhemos com simplicidade. Trajemo-nos de um modo tão modesto e decoroso que sejamos recebidos aonde quer que formos. Jóias e vestuário dispendioso não nos darão influência, mas o ornamento de um espírito manso e tranqüilo -- o resultado de dedicação ao serviço de Cristo -- nos dará poder com Deus. Bondade e solicitude para com os que se acham ao nosso redor são qualidades preciosas à vista do Céu. Se não tendes dado atenção à aquisição destas virtudes, fazei-o agora, pois não tendes tempo para perder. -- Manuscrito 83, 1909. A roupa que é usada pelos pastores adventistas do sétimo dia ME3 249 1 Efésios 3:6, 7: "A saber, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho. Do qual fui constituído ministro conforme o dom da graça de Deus, a mim concedida, segundo a força operante do Seu poder." ME3 249 2 "Do qual fui constituído ministro", não meramente para apresentar a verdade ao povo, mas para cumpri-la na vida. ... Não é, porém, só isso. Há outras coisas que devem ser consideradas, nas quais alguns têm sido negligentes, mas são importantes, sob o aspecto em que me foram apresentadas. ... ME3 249 3 O cuidado no vestuário é um item importante. Tem havido uma deficiência neste sentido da parte dos pastores que crêem na verdade presente. A roupa de alguns até tem sido desmazelada. Não somente tem havido falta de gosto e ordem no arranjo do vestuário de maneira decorosa na pessoa, e em que a cor seja adequada e própria para um ministro de Cristo, mas o traje de alguns até tem sido desalinhado. Alguns pastores usam um casaco de cor clara, ao passo que as calças são escuras, ou um casaco escuro e calças claras, sem gosto ou boa combinação do vestuário quando comparecem perante o povo. Estas coisas estão pregando às pessoas. O pastor lhes dá um exemplo de ordem e põe diante deles a conveniência de esmero e bom gosto em seu traje, ou lhes dá lições de desleixo e falta de gosto, que eles estarão em perigo de seguir. ME3 250 1 Traje apropriado para o púlpito -- Material preto ou escuro é mais apropriado para o pastor no púlpito e causará melhor impressão nas pessoas do que seria causada pela combinação de duas ou três cores diferentes em seu traje. ME3 250 2 Minha atenção foi chamada para os filhos de Israel em tempos antigos, e me foi mostrado que Deus deu instruções específicas acerca do material e do estilo do vestuário que devia ser usado pelos que ministravam diante dEle. O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos sustenta e nos dá vida e saúde, nos concedeu provas de que Ele pode ser honrado ou desonrado pela roupa dos que oficiam diante dEle. O Senhor deu instruções especiais a Moisés a respeito de tudo que se relacionava com o Seu serviço. Até deu instruções a respeito da arrumação de suas casas e especificou o vestuário que devia ser usado pelos que ministrassem em seu serviço. Eles deviam manter a ordem em tudo. ... ME3 250 3 Para que sejam causadas impressões corretas -- Não devia haver nenhum desleixo e falta de asseio naqueles que compareciam diante dEle quando iam ter a Sua santa presença. E por que isso? Qual era o objetivo de todo esse cuidado? Era meramente para encomendar o povo a Deus? Era meramente para obter Sua aprovação? ME3 250 4 A razão que me foi dada era esta: para que fosse causada correta impressão sobre o povo. Se os que ministravam no ofício sagrado deixassem de manifestar cuidado e reverência para com Deus, em seu traje e na sua conduta, o povo perderia seu respeito e sua reverência para com Deus e Seu serviço sagrado. ME3 250 5 Se os sacerdotes mostravam grande reverência para com Deus sendo muito cuidadosos e muito meticulosos ao comparecerem à Sua presença, isso dava ao povo elevada idéia de Deus e Seus requisitos. Mostrava-lhes que Deus é santo, que Sua obra é sagrada e que tudo quanto se relaciona com o Seu trabalho precisa ser santo; que precisa estar livre de tudo que se caracterize pela impureza e falta de asseio; e que deve ser removida toda corrupção dos que se aproximam de Deus. ME3 251 1 O vestuário do pastor e a verdade -- Segundo a luz que me foi dada, tem havido negligência neste sentido. Eu poderia falar sobre isso como Paulo o apresenta. É efetuado pela veneração da vontade e pela negligência do corpo. Mas essa humildade voluntária, essa veneração da vontade e negligência do corpo, não é a humildade que tem visos do Céu. A humildade se caracterizará por fazer com que a pessoa e as ações e o traje de todos os que pregam a santa verdade de Deus sejam corretos e perfeitamente apropriados, de modo que todo item relacionado conosco recomende nossa santa religião. O próprio vestuário será uma recomendação da verdade para os descrentes. Será um sermão em si mesmo. ... ME3 251 2 O pastor que é negligente em seu traje freqüentemente ofende os que têm bom gosto e sensibilidades aprimoradas. Os que são deficientes neste sentido devem corrigir seus erros e ser mais circunspectos. A perda de algumas almas será finalmente atribuída ao desleixo do pastor. A primeira apresentação influiu desfavoravelmente nas pessoas porque não podiam de modo algum ligar a sua aparência com as verdades que ele apresentava. Seu vestuário depunha contra ele; e a impressão dada era que o povo ao qual ele representava constituía um grupo descuidado que não se importava com o seu vestuário, e os seus ouvintes não queriam ter nada que ver com semelhante espécie de pessoas. ... ME3 251 3 O plano da obra do pastor é julgado pelo seu vestuário -- Alguns que ministram nas coisas sagradas colocam sua roupa de tal maneira sobre a sua pessoa que, pelo menos até certo ponto, ela destrói a influência do seu trabalho. Há evidente falta de bom gosto na cor e no esmero do corte. Qual é a impressão causada por semelhante maneira de vestir? É que a obra na qual eles estão empenhados não é considerada mais sagrada ou elevada do que o trabalho comum, como arar no campo. O pastor, por seu exemplo, reduz as coisas sagradas ao mesmo nível das coisas comuns. A influência de tais pregadores não é agradável a Deus. -- Testimonies for the Church 2:609-614. Sobre fazer da questão do vestuário uma prova ME3 252 1 Sua carta foi recebida e lida. ... O assunto que você põe diante de mim para conselho [a proposta de retornar ao vestuário da reforma defendido e usado no fim da década de 1860] precisa ser considerado cuidadosamente. Nossas irmãs cujo espírito é agitado pelo assunto de tornar a usar o chamado vestuário da reforma devem ser devotamente cautelosas em toda iniciativa que tomam. Temos agora as mais solenes e importantes provas que nos são dadas pela Palavra de Deus para este período de tempo especial. Esta prova é para todo o mundo. O Senhor não requer que sejam introduzidas quaisquer provas de invenção humana para desviar a mente das pessoas ou suscitar controvérsias em qualquer sentido. ME3 252 2 Talvez alguns estejam ansiando por distinção nalgum aspecto. Se estão ansiando por uma batalha com as instrumentalidades satânicas, certifiquem-se de estarem primeiro revestidos de todas as peças da armadura de Deus. Do contrário, certamente serão derrotados, causando para si mesmos penosas provações e desapontamentos que não se acham preparados a enfrentar. Busquem todos mui fervorosamente ao Senhor para obter aquela profunda e rica experiência que se encontra no assunto do preparo do coração para seguir a Cristo aonde Ele guiar. ME3 252 3 "Se alguém quer vir após Mim", diz Ele, "a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Estas palavras devem ser bem ponderadas. A pessoa que deseja seguir a Cristo, que resolve andar em Suas pegadas, encontrará a abnegação e a cruz nesse caminho. Todos os que seguem a Cristo compreenderão o que isso abrange. ME3 252 4 O vestuário não deve ser o ponto de prova -- As provas de Deus devem agora distinguir-se de modo claro e inconfundível. Há tormentas diante de nós, conflitos que poucos imaginam. Não há necessidade agora de qualquer alteração especial em nosso vestuário. O simples estilo de vestuário agora usado, feito da maneira mais saudável, não requer arcos, nem longas caudas, e é apresentável em qualquer lugar, e essas coisas não devem desviar-nos a mente da grande prova que irá decidir o destino eterno de um mundo -- os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. ME3 253 1 Estamos nos aproximando do fim da história deste mundo. É necessário agora um claro e direto testemunho, como é dado na Palavra de Deus, a respeito da simplicidade no vestuário. Este deve ser o nosso encargo. Mas é demasiado tarde agora para entusiasmar-se, fazendo uma prova desta questão. O desejo de seguir a Cristo com toda a humildade de espírito, preparando o coração, purificando o caráter, não é de modo algum uma obra fácil. Nossas irmãs podem estar certas de que o Senhor não as inspirou a fazer uma prova do que uma vez foi dado como uma bênção, mas que por muitos foi odiado e desprezado como uma maldição. ME3 253 2 O vestuário da reforma -- O vestuário da reforma, que uma vez foi defendido, demonstrou ser uma batalha a todo passo. Membros da Igreja, recusando adotar este saudável estilo de vestuário, causavam dissensão e discórdia. Com algumas pessoas não havia uniformidade e gosto na preparação do vestuário, segundo fora claramente apresentado para elas. Isso serviu de motivo para falatórios. O resultado foi que os aspectos censuráveis, as calças, foram omitidas. O encargo de defender o vestuário da reforma foi removido porque o que tinha sido dado como uma bênção transformou-se numa maldição. ME3 253 3 Havia algumas coisas que faziam do vestuário da reforma decidida bênção. Com ele, os ridículos arcos que estavam então na moda, não podiam ser usados. As longas saias que se arrastavam pelo chão e varriam a sujeira das ruas não podiam ser patrocinadas. Agora, porém, adotou-se um estilo de vestuário mais judicioso, o qual não contém esses aspectos censuráveis. O estilo de vestuário de acordo com a moda atual pode e deve ser abandonado por todos os que lêem a Palavra de Deus. O tempo gasto em defender o vestuário da reforma deve ser dedicado ao estudo da Palavra de Deus. ME3 254 1 As roupas de nosso povo devem ser confeccionadas de maneira bem simples. A saia e a bata que mencionei podem ser usadas -- não que deva ser estabelecido exatamente esse modelo, e nada mais, mas um estilo simples como o que foi representado nesse traje. Alguns têm suposto que o próprio modelo dado era o modelo que todas deviam usar. Não é assim. Mas algo tão simples como isso seria o melhor que poderíamos adotar nas circunstâncias atuais. Não me foi dado nenhum estilo definido como regra exata para orientar a todos em seu vestuário. ... ME3 254 2 Devem ser usados vestidos simples. Experimentai vosso talento, minhas irmãs, nesta reforma essencial. ME3 254 3 O povo de Deus terá toda prova que poderão suportar. ME3 254 4 A questão do sábado é uma prova que sobrevirá ao mundo inteiro. Não precisamos que seja introduzida agora alguma coisa que constitua uma prova para o povo de Deus e torne mais severa a prova que eles já têm. O inimigo se alegraria em levantar agora questões que desviassem a mente das pessoas para que entrassem em controvérsia sobre o assunto do vestuário. Que nossas irmãs se vistam com simplicidade, como muitas fazem, usando vestidos de bom material, duráveis, modestos, apropriados para esta época, e não permitam que a questão do vestuário encha a mente. ... ME3 254 5 O exemplo dado por alguns -- Há pessoas que, com toda a luz da Palavra de Deus, não obedecerão a suas instruções. Seguirão seus próprios gostos e farão o que lhes apraz. Dão um mau exemplo para os jovens e para os que chegaram recentemente para a verdade, os quais adotaram o costume de copiar todo novo estilo de vestuário com enfeites que requerem tempo e dinheiro, e há pouca diferença entre o seu traje e o das pessoas do mundo. ME3 254 6 Atendam nossas irmãs conscienciosamente à Palavra de Deus por si mesmas. Não comeceis a obra de reforma em prol dos outros enquanto não tenhais feito isso; pois não tereis êxito; não podeis, absolutamente, transformar o coração. A atuação do Espírito de Deus interiormente causará uma mudança exteriormente. Os que se atrevem a desobedecer às mais claras afirmações da Inspiração, não irão ouvir, receber e agir de acordo com todos os esforços humanos envidados para conduzir esses idólatras a um vestuário simples, desprovido de adornos, asseado e apropriado, que de maneira alguma os tornará esquisitos ou singulares. Eles continuam a expor-se, pondo à mostra as cores do mundo. ... ME3 255 1 Todo o nosso tempo de graça é muito curto, e será efetuada uma rápida obra sobre a Terra. Virão as provas do próprio Deus; Sua maneira de provar será acentuada e decisiva. Humilhe-se toda alma diante de Deus e se prepare para o que está diante de nós. -- Carta 19, 1897. ------------------------Capítulo 29 -- O Sábado: princípios orientadores na observância do sábado ME3 256 1 O Sábado, um sinal de lealdade ao mundo -- Da coluna de nuvem Jesus disse a Moisés: "Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." Êxodo 31:12, 13. O sábado é um penhor dado por Deus ao homem -- um sinal da relação que existe entre o Criador e os seres criados por Ele. Observando o monumento comemorativo da criação do mundo em seis dias e do descanso do Criador no sétimo dia, santificando o sábado, de acordo com as Suas instruções, os israelitas deviam declarar ao mundo sua lealdade ao único e verdadeiro Deus vivente, o Soberano do Universo. ME3 256 2 Observando o verdadeiro sábado, os cristãos sempre devem dar ao mundo fiel testemunho de seu conhecimento do verdadeiro Deus vivente, como distinto de todos os falsos deuses, pois o Senhor do sábado é o Criador dos céus e da Terra, Aquele que é exaltado acima de todos os outros deuses. ME3 256 3 "Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros. ... Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre Mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento." Versos 14, 17. -- Manuscrito 122, 1901. ME3 257 1 Antigo conselho sobre o Sábado e as crianças -- A casa de Deus é profanada e o sábado é violado pelos filhos de observadores do sábado. Eles correm pela casa, brincam, conversam e manifestam seu mau humor nas próprias reuniões em que os santos se reúnem para glorificar a Deus e adorá-Lo na beleza da santidade. O lugar que devia ser santo, onde devia reinar sagrado silêncio e onde devia haver perfeita ordem, asseio e humildade, torna-se uma Babilônia e um lugar em que reina confusão, desordem e desleixo. Isto é suficiente para excluir a Deus de nossas reuniões e fazer com que se acenda Sua ira, para que Ele não tenha prazer em sair com os exércitos de Israel a fim de batalhar contra os nossos inimigos. ME3 257 2 Deus não quis dar a vitória na reunião em _____. Os inimigos de nossa fé triunfaram. Deus Se desagradou. Sua ira é acesa porque Sua casa se torna como Babilônia. ... ME3 257 3 Acima de tudo, cuidai de vossos filhos no sábado. Não permitais que eles o violem, pois vós mesmos o estareis violando se consentirdes que vossos filhos o façam. Quando permitis que vossos filhos brinquem no sábado, Deus vos considera transgressores dos mandamentos. Transgredis o Seu sábado. -- Manuscrito 3, 1854. ME3 257 4 Não barulho ruidoso e confusão -- Eles [a família inteira] chegam à mesa sem leviandade. Barulho ruidoso e contenda não devem ser permitidos em nenhum dia da semana; mas no sábado todos devem manter silêncio. Não devem ser ouvidas ordens em voz alta em nenhuma ocasião; mas no sábado isso é completamente impróprio. Este é o santo dia de Deus, o dia que Ele reservou para comemorar Suas atividades criadoras, um dia que Ele abençoou e santificou. -- Manuscrito 57, 1897. ME3 258 1 Cuidando dos nossos próprios interesses -- Pergunto aos que afirmam ser adventistas do sétimo dia: Podeis reivindicar o selo do Deus vivo? Podeis afirmar que estais santificados pela verdade? Não temos, como um povo, dado à lei de Deus a preeminência que devíamos dar. Estamos em perigo de fazer nossa própria vontade no dia de sábado. -- Carta 258, 1907. ME3 258 2 Não um dia para procurar prazeres, nadar ou jogar bola -- Deus quer que todas as Suas dádivas sejam apreciadas. Todos os fragmentos, todo jota e til devem ser cuidadosamente entesourados, e devemos tornar-nos devidamente familiarizados com as necessidades dos outros. Tudo que temos da verdade bíblica não é meramente para o nosso benefício, mas para ser comunicado a outras almas, e isto deve ser gravado nas mentes humanas, e toda palavra bondosa deve ser proferida para preparar o caminho a fim de formar um conduto pelo qual a verdade flua em copiosas correntes para outras almas. ME3 258 3 Toda operação de milagres por Cristo era essencial e devia revelar ao mundo que havia uma grande obra a ser realizada no dia de sábado para alívio da humanidade sofredora, mas não o trabalho comum. Procurar prazeres, jogar bola, nadar, não era uma necessidade, mas pecaminosa negligência do dia sagrado santificado por Jeová. Cristo não realizava milagres meramente para mostrar Seu poder, mas sempre para enfrentar a Satanás ao afligir ele a humanidade sofredora. Cristo veio ao nosso mundo para satisfazer as necessidades dos sofredores aos quais Satanás estava torturando. -- Carta 252, 1906. ME3 258 4 A louça do Sábado -- Recomendamos a todos que não lavem sua louça no sábado se for possível evitá-lo. Deus é desonrado por todo trabalho desnecessário efetuado no Seu santo dia. Não é incoerente, e, sim, apropriado, que a louça fique por lavar até o fim do sábado, se isto puder ser feito assim. -- Carta 104, 1901. ME3 258 5 O Sábado, um dia de atividade -- O primeiro sábado da semana de oração foi um dia de intensa atividade. De "Sunnyside" e da escola, foram enviados duas parelhas de animais e um barco a Dora Creek, a fim de trazer para as reuniões os que não podiam andar tão longe. As pessoas tinham sido convidadas a trazer seu lanche, e vir à reunião preparadas para passar o dia, e elas atenderam de bom grado ao convite. ME3 259 1 Alguns ficaram muito surpresos de que nos empenhássemos no sábado para trazê-los à reunião. Fora-lhes ensinado que a observância do domingo consistia principalmente em inatividade física; e pensavam que em virtude de sermos zelosos no tocante à guarda do sábado, nós o guardaríamos de acordo com os ensinos dos fariseus. ME3 259 2 Dissemos a nossos amigos que, no tocante à observância do sábado, estudamos o exemplo e os ensinos de Cristo, cujos sábados freqüentemente eram passados em diligente esforço para curar e ensinar; que críamos que uma de nossas irmãs, que estava cuidando de uma família doente, observava tanto o sábado como aquele que dirigia uma divisão na Escola Sabatina; que Cristo não pôde agradar aos fariseus de Seu tempo, e que não esperávamos que nossos esforços para servir o Senhor satisfizessem aos fariseus de nosso tempo. -- The Review and Herald, 18 de Outubro de 1898. ME3 259 3 Atividades sagradas e seculares -- Os sacerdotes no templo realizavam maior trabalho no sábado que em outros dias. O mesmo trabalho, feito em negócios seculares, seria pecado, mas a obra dos sacerdotes era realizada no serviço de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 285. ME3 259 4 Exemplo de longo alcance de uma igreja na sede -- Minha mente tem estado preocupada com a condição da igreja neste lugar. ... Havia grande necessidade de exaltar a norma neste lugar em muitos aspectos, antes que correta e salutar influência pudesse dirigir-se a outros lugares. À medida que a verdade tem sido apresentada aqui, ela tem tirado pessoas do mundo e das igrejas, reunindo-as na qualidade de igreja; mas nem todos os que professam crer na verdade são santificados por ela. ... ME3 259 5 Deus solicita que os obreiros nesta missão elevem a norma e manifestem sua consideração por Seus requisitos, honrando o sábado. ... Deste lugar são enviadas as publicações, e partem os obreiros para proclamar os mandamentos de Deus; e é da maior importância que seja exercida correta influência por esta igreja, tanto por preceitos como pelo exemplo. A norma não deve ser posta a um nível tão baixo que os que aceitam a verdade transgridam os mandamentos de Deus enquanto professem obedecer-lhes. Seria melhor, muito melhor, deixá-los em trevas até que recebessem a verdade em sua pureza. ME3 260 1 Os Adventistas do Sétimo Dia estão sendo observados -- Há os que estão observando este povo para ver qual é a influência da verdade sobre eles. Os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz; quando lhes são apresentados os reclamos do quarto mandamento, eles olham para ver como ele é considerado pelos que professam obedecer-lhe. Examinam a vida e o caráter de seus defensores, para verificar se estão em harmonia com a sua profissão de fé; e, com base nas opiniões assim formadas, muitos são grandemente influenciados na aceitação ou rejeição da verdade. Se este povo puser sua vida em harmonia com a norma bíblica, eles serão realmente uma luz no mundo, uma cidade edificada sobre um monte. -- Manuscrito 3, 1885. ME3 260 2 A importância e a glória do Sábado -- Ontem [10 de Agosto de 1851], que era sábado, tivemos agradável e glorioso período. O Senhor encontrou-Se conosco, e a glória de Deus foi derramada sobre nós, e fomos levados a regozijar-nos e a glorificar a Deus por Sua extraordinária bondade para nós. ... Fui arrebatada em visão. ... ME3 260 3 Vi que sentíamos e compreendíamos bem pouco da importância do sábado, em comparação com o que ainda devemos compreender e saber de sua importância e glória. Vi que não sabíamos ainda o que era cavalgar sobre os altos da Terra e ser sustentado com a herança de Jacó. Quando, porém, vier o refrigério e a chuva serôdia pela presença do Senhor e a glória do Seu poder, saberemos o que é ser sustentado com a herança de Jacó e cavalgar sobre os altos da Terra. Então veremos mais da importância e glória do sábado. Mas não o veremos em toda a sua glória e importância até que seja feito conosco o concerto de paz, à voz de Deus, e as portas de pérola da Nova Jerusalém sejam abertas de par em par e revolvidas em seus resplandecentes gonzos, e seja ouvida a agradável e jubilosa voz do adorável Jesus, mais melodiosa do que qualquer música que já incidiu em ouvidos mortais, mandando que entremos. [Vi] que tínhamos todo o direito de entrar na cidade, pois havíamos guardado os mandamentos de Deus, e o Céu, o doce Céu, é o nosso lar, porque guardamos os mandamentos de Deus. -- Carta 3, 1851. Alguns Sábados com a família White ME3 261 1 [Battle Creek, Michigan] Sábado, 1 de janeiro de 1859. Assistiu à pregação, a um batismo e às ordenanças -- É o início do novo ano. O Senhor deu liberdade a Tiago, no sábado à tarde, ao pregar sobre a necessidade de preparação para o batismo e para participar da Ceia do Senhor. Houve muita emoção na congregação. No intervalo todos se dirigiram à água, onde sete seguiram a seu Senhor no batismo. Foi uma ocasião poderosa e do mais profundo interesse. Foram batizadas duas pequenas irmãs de uns onze anos de idade. Uma, Cornélia C., orou na água pedindo que se mantivesse incontaminada do mundo. ME3 261 2 No entardecer a igreja seguiu o exemplo de seu Senhor, lavando os pés uns dos outros, e então participou da Ceia do Senhor. Houve regozijo e lágrimas naquela casa. O lugar era solene, mas glorioso, em virtude da presença do Senhor. -- Manuscrito 5, 1859. ME3 261 3 [Otsego, Michigan] Sábado, 8 de janeiro de 1859. Viajou de trenó até à reunião e falou um pouco -- É o santo sábado. Oxalá honremos e glorifiquemos a Deus hoje. ... Fomos com o irmão Leighton, no seu trenó, a Otsego, seis quilômetros e meio. Fazia muito frio; quase não consegui ficar à vontade. Achei a casa de culto não muito aquecida. Todos estavam com muito frio. Levou algum tempo para se aquecerem. O irmão Loughborough pregou sobre o juízo. Então eu disse algumas palavras. Não muito livremente. Em seguida, a igreja de pronto deu seus testemunhos. -- Manuscrito 5, 1859. ME3 262 1 [Battle Creek] Sábado, 5 de março de 1859. Ficou em casa para cuidar de Tiago White -- Não assisti à reunião hoje. Meu marido estava doente. Permaneci com ele, para atendê-lo. O Senhor esteve conosco e nos abençoou esta manhã. Tive notável liberdade na oração. O irmão John Andrews pregou duas vezes hoje. Ele passou o entardecer e a noite conosco. Apreciamos muito a visita. -- Manuscrito 5, 1859. ME3 262 2 [Battle Creek] Sábado, 19 de março de 1859. Assistiu à reunião e leu algo para os filhos -- Assisti à reunião na parte da manhã. O irmão Loughborough pregou com grande liberdade sobre o sono dos mortos e a herança dos santos. Fiquei em casa à tarde. Li para meus filhos, escrevi uma carta para o irmão Newton e esposa, animando-os nas coisas espirituais. À noite assisti à reunião para a comunhão e o lava-pés. Não me senti tão livre como gostaria de estar nessas ocasiões. -- Manuscrito 5, 1859. ME3 262 3 [Convis, Michigan] Sábado, 9 de abril de 1859. Esteve presente e ministrou em Convis -- Levantei-me cedo e cavalguei uns vinte quilômetros até Convis, para encontrar-me com os santos ali. A viagem foi agradável. Passei pela casa do irmão Brackett. Eles nos acompanharam ao local da reunião, a uns três quilômetros de sua casa. Um pequeno grupo de observadores do sábado se reuniu num amplo e confortável edifício escolar. Tiago teve grande liberdade para falar ao povo. Eu disse algumas palavras. A reunião durou mais ou menos até às duas horas. Quase todos deram testemunho da verdade. Após a ceia, quando as horas do tempo sagrado estavam findando, tivemos um agradável período de oração. Tiago conversou com as crianças antes de inclinar-se para orar. -- Manuscrito 6, 1859. ME3 263 1 [Battle Creek] Sábado, 23 de abril de 1859. Assistiu à reunião e recebeu visitas -- A irmã Brackett, a irmã Lane e sua filha, a irmã Scott e a irmã Smith vieram de Convis para a reunião em Battle Creek. Elas almoçaram em nossa casa. As reuniões foram interessantes durante o dia. O irmão Waggoner pregou na parte da manhã. Seu sermão foi apropriado. No intervalo foram batizadas quatro pessoas -- as irmãs Hide, Scott e Agnes Irving, e o irmão Pratt. Nossa reunião à tarde foi muito interessante. Meu marido nunca teve maior desembaraço. O Espírito do Senhor esteve na reunião. O Senhor me deu liberdade na exortação. Ao anoitecer foram celebrados os ritos da casa do Senhor. Foi uma ocasião solene e interessante. Não pude estar presente, pois me achava muito exausta. -- Manuscrito 6, 1859. ME3 263 2 [Denver] Sábado, 20 de julho de 1872. Fez um passeio, escreveu e leu -- É uma bela manhã. Este é o dia de repouso do Senhor, e desejamos guardar o sábado para que Deus possa aceitar os nossos esforços e para que nossa própria alma seja restaurada. Demos um passeio, procurando um lugar retirado num bosque, onde pudéssemos orar e ler, mas não fomos bem-sucedidos. Passamos o dia conversando sobre assuntos religiosos, escrevendo e lendo. -- Manuscrito 4, 1872. ME3 264 1 [Battle Creek] Sábado, 12 de abril de 1873. Fez muitas visitas missionárias -- Meu marido falou ao povo na parte da manhã. Eu fiquei em casa porque não me sentia em condições de estar presente. À tarde assisti à reunião. ... ME3 264 2 Depois que a reunião terminou, visitei Ella Belden. Tive um agradável período de oração com ela. Visitei então o irmão e a irmã W. Salisbury. Tivemos um precioso período de oração com a família. O irmão e a irmã Salisbury uniram suas orações às minhas. Todos nós sentimos que o Senhor nos abençoou. Em seguida fiz uma breve visita aos idosos irmão e irmã Morse. ... Visitei o irmão e a irmã Gardner. Ele está chegando ao fim de sua jornada. A doença tornou-o muito fraco. Ele ficou contentíssimo ao ver-me. Unimos nossas orações, e o coração dessas pessoas aflitas foi confortado e abençoado. -- Manuscrito 6, 1873. ME3 264 3 [Battle Creek] Sábado, 17 de maio de 1873. Percorreu alguns quilômetros, dormiu um pouco -- Percorremos alguns quilômetros no bosque dos carvalhos. Descansamos cerca de uma hora. Dormimos um pouco. ... Tivemos um período de oração antes de voltar para casa. De tarde fomos à reunião. -- Manuscrito 7, 1873. ME3 264 4 [Washington, Iowa] Sábado, 21 de junho de 1873. Escreveu sobre os sofrimentos de Cristo -- Um belo dia; um pouco quente. Apliquei um envoltório. Senti-me melhor. Escrevi quinze páginas sobre os sofrimentos de Cristo. Fiquei muito interessada em meu assunto. O irmão Wheeler, Hester e o irmão Van Ostrand foram à reunião. Tivemos alguns indícios de chuva. Reuni a família e li o assunto que havia escrito. Todos pareciam interessados. -- Manuscrito 8, 1873. ME3 264 5 [Walling's Mills] Sexta-feira, 12 de setembro de 1873. Hospedou um homem não adventista -- Chegamos em casa um pouco antes do pôr-do-sol. Recebemos cartas do irmão Canright, e também de Maria Gaskill e Daniel Bourdeau, dando-nos um relato da reunião campal. Ao chegar em casa, encontramos João Cranson ali. Ficamos tristes de que ele viesse visitar-nos no sábado. Durante o sábado não gostamos de receber visitas que não têm nenhum respeito para com Deus ou Seu santo dia. -- Manuscrito 11, 1873. ME3 265 1 [No trajeto de Colorado a Battle Creek] Sábado, 8 de novembro de 1873. Viajou pesarosamente no Sábado -- Descansamos bem no vagão durante a noite. Não desejaríamos encontrar-nos nos vagões esta manhã, mas circunstâncias relacionadas com a causa e a obra de Deus requerem nossa presença na Associação Geral. Não podíamos demorar-nos. Se estivéssemos tratando de nossos próprios interesses, acharíamos ser uma violação do quarto mandamento viajar no sábado. Não entabulamos conversas comuns. Procuramos manter o espírito numa disposição devocional e desfrutamos um pouco da presença de Deus enquanto deploramos profundamente a necessidade de viajar no sábado. -- Manuscrito 13, 1873. ME3 265 2 [Sydney, N. S. W, Austrália] 4 de fevereiro de 1893. Falou de manhã, embarcou no navio à tarde -- Fomos numa carruagem de aluguel à igreja em Sydney, e falei sobre a fé, de Hebreus 11. O Senhor me fortaleceu por Sua graça. Senti-me muito fortalecida e abençoada. O Espírito Santo esteve sobre mim. Força, tanto física como espiritual, foi-me concedida em grande medida. ... ME3 265 3 Às duas horas da tarde subimos a bordo do navio a vapor para fazer a viagem que temíamos há muito tempo. Toda a nossa bagagem fora guardada na sexta-feira. Temos muita aversão a viajar no sábado, mas precisa ser efetuada a obra de transmitir a mensagem ao mundo, e podemos manter a mente e o coração elevados a Deus e ocultar-nos em Jesus. Quando não podemos controlar essas questões, devemos deixar tudo aos cuidados de nosso Pai celestial. Se a nossa confiança estiver em Deus, Ele nos ajudará. -- Manuscrito 76, 1893. ------------------------Capítulo 30 -- A conveniência de variar as atitudes na oração Nem sempre precisamos ajoelhar-nos ME3 266 1 Devemos orar constantemente, com espírito humilde e manso. Não precisamos esperar por uma oportunidade para ajoelhar-nos diante de Deus. Podemos orar e conversar com o Senhor onde quer que estivermos. -- Carta 342, 1906. ME3 266 2 Nenhum lugar é impróprio para orar em qualquer ocasião -- Não há tempo nem lugar impróprios para erguer a Deus uma prece. ... Entre as turbas de transeuntes na rua, em meio de uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, rogando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes. -- Caminho a Cristo, 99. ME3 266 3 Comungando com Deus em nosso coração enquanto andamos e trabalhamos -- Podemos falar com Jesus ao caminhar, e Ele diz: Acho-Me à tua mão direita. Podemos comungar com Deus em nosso coração; andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exalar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida. -- Obreiros Evangélicos, 258. ME3 267 1 Nem sempre é necessário ajoelhar-se -- Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando, e quando ocupados com os trabalhos diários. -- A Ciência do Bom Viver, 510, 511. ME3 267 2 A congregação se ajoelha depois de levantar-se em consagração -- O Espírito do Senhor repousou sobre mim, e Se revelou nas palavras que me foram dadas para falar. Perguntei aos presentes quem sentia a instância do Espírito de Deus e quem estava disposto a comprometer-se a viver a verdade e ensiná-la a outros, e a trabalhar por sua salvação, que o manifestasse colocando-se em pé. Fiquei surpresa ao ver toda a congregação levantar-se. Solicitei, então, que todos se ajoelhassem, e enviei minha petição ao Céu por esse povo. Fiquei profundamente impressionada com esta experiência. Senti a profunda atuação do Espírito de Deus sobre mim, e sei que o Senhor me deu uma mensagem especial para Seu povo neste tempo. -- The Review and Herald, 11 de Março de 1909. ME3 267 3 Congregação apinhada na Europa permaneceu sentada -- Convidei os que desejassem as orações dos servos de Deus a vir para a frente. Todos os que haviam estado indiferentes, todos quantos desejassem voltar para o Senhor e buscá-Lo diligentemente, podiam aproveitar a oportunidade. Vários assentos foram prontamente ocupados e toda a congregação se pôs em movimento. Dissemos-lhes que o melhor que podiam fazer era sentar-se mesmo onde estavam, e todos buscaríamos juntos o Senhor confessando nossos pecados, e o Senhor empenhara Sua palavra: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. -- Diário, 20 de Fevereiro de 1887. Publicado em Mensagens Escolhidas 1:147. ME3 268 1 A congregação põe-se em pé para oração de consagração -- Convidei todos quantos quisessem entregar-se a Deus em concerto sagrado, e servi-Lo de todo o coração, a que se levantassem. A casa estava cheia, e quase todos se ergueram. Achava-se presente uma porção de pessoas não pertencentes a nossa fé, e alguns deles se levantaram. Apresentei-os ao Senhor em fervorosa oração, e sabemos que tivemos a manifestação do Espírito de Deus. Sentimos que havia sido realmente obtida uma vitória. -- Manuscrito 30a, 1896. Publicada em Mensagens Escolhidas 1:150. ME3 268 2 A congregação se ajoelha para oração de consagração -- Ao fim de meu sermão, fui impressionada pelo Espírito de Deus a estender àqueles que desejassem entregar-se inteiramente ao Senhor, um convite para irem à frente. Os que sentiram a necessidade das orações dos servos de Deus foram convidados a manifestá-lo. Cerca de trinta foram para a frente. ... ME3 268 3 Eu hesitara a princípio, cogitando se isto seria o melhor a fazer, quando meu filho e eu éramos os únicos, ao que me parecia, a prestar auxílio naquela ocasião. Mas como se alguém me houvesse falado, atravessou-me a mente o pensamento: "Não podes confiar no Senhor?" Eu disse: "Fá-lo-ei, Senhor." Se bem que me filho ficasse muito surpreendido de que eu fizesse um apelo assim em tal ocasião, esteve à altura da emergência. Nunca o ouvi falar com maior poder ou mais profundo sentimento que naquela ocasião. ... ME3 268 4 Ajoelhamos em oração. Meu filho tomou a direção, e certamente o Senhor dirigiu a súplica; pois ele parecia orar como se estivesse na presença de Deus. -- The Review and Herald, 30 de Julho de 1895. Publicado novamente em Mensagens Escolhidas 1:148, 149. ME3 268 5 Num congresso de obreiros em Oakland, Califórnia -- Solicitamos agora que esquadrinheis todo o coração. Os que estão decididos a desvencilhar-se de toda tentação do inimigo e buscar o Céu no alto, querem indicar essa determinação colocando-se em pé? [Quase toda a congregação presente atendeu ao apelo.] ME3 269 1 Desejamos que cada um de vós seja salvo. Desejamos que as portas da cidade de Deus se revolvam para vós em seus resplandecentes gonzos, e que vós, com todos os povos que guardaram a verdade, possais entrar nela. Ali daremos louvor e ações de graças e glória a Cristo e ao Pai para sempre; sim, para sempre e eternamente. Oxalá Deus nos ajude a ser fiéis em Seu serviço durante o conflito, vencendo afinal e ganhando a coroa da vida eterna. ME3 269 2 [Orando] Meu Pai celestial, venho a Ti neste momento assim como estou, pobre e necessitada, e dependente de Ti. Suplico-Te que concedas a mim e a este povo a graça que aperfeiçoa o caráter cristão, etc. -- The Review and Herald, 16 de Julho de 1908. ME3 269 3 Ellen White e o auditório ficam em pé para a oração de consagração -- Pergunto: quem agora fará decidido esforço para obter a educação superior? Os que quiserem, manifestem-no pondo-se em pé. [A congregação se levantou.] Eis aqui toda a congregação. Deus vos ajude a cumprir o vosso compromisso. Oremos. ME3 269 4 [Orando] Pai celestial, venho a Ti neste momento assim como estou, pobre, fraca, indigna, e Te suplico que impressiones os corações deste povo reunido aqui, hoje. Eu lhes falei as Tuas palavras; mas, ó Senhor, só Tu podes tornar a palavra eficaz, etc. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1909. (Sermão proferido em Oakland, Califórnia, em 8 de Fevereiro de 1909.) ME3 269 5 No fim de um sermão na Associação Geral, em Washington, D.C. -- O Senhor vos ajude a empreender esta obra como ainda não a empreendestes. Quereis fazer isto? Quereis levantar-vos aqui e testificar que fareis de Deus vossa confiança e vosso Ajudador? [A congregação se levantou.] ME3 270 1 [Orando] Agradeço-Te, Senhor Deus de Israel. Aceita este compromisso deste Teu povo. Põe Teu Espírito sobre eles. Que neles seja vista a Tua glória! Ao proferirem a palavra da verdade, vejamos a salvação de Deus. Amém. -- The General Conference Bulletin, 18 de Maio de 1909. ------------------------Capítulo 31 -- Visões que logo requereram reformas É chamada a atenção para o fumo, chá e café, em 1848 e 1851 ME3 273 1 Eu vi em visão que o fumo é uma erva imunda, e que deve ser rejeitado ou abandonado. ... A menos que seja abandonado, o desagrado de Deus estará sobre aquele que o usa, e ele não poderá ser selado com o selo do Deus vivo. -- Carta 5, 1851. [Tiago White, na The Review and Herald, 8 de Novembro de 1870, coloca o tempo da visão no outono de 1848. Ver Introdução.] Importantes princípios revelados em 1854 ME3 273 2 Então eu vi uma falta de asseio entre os observadores do sábado. ... Vi que Deus estava purificando para Si mesmo um povo peculiar. Ele deseja ter um povo limpo e santo no qual possa deleitar-Se. Vi que o arraial precisava ser purificado; do contrário Deus passaria por ele, e veria a impureza de Israel e não sairia com os seus exércitos para a batalha. Afastar-Se-ia deles com desagrado, e nossos inimigos triunfariam sobre nós, e seríamos deixados em fraqueza, ignomínia e desonra. ME3 273 3 Vi que Deus não reconheceria uma pessoa desleixada e desasseada como cristã. Seu desagrado incide sobre tais indivíduos. Nossa alma, corpo e espírito devem ser apresentados como irrepreensíveis por Jesus a Seu Pai, e a menos que sejamos pessoalmente asseados e puros, não podemos ser apresentados como irrepreensíveis a Deus. ME3 274 1 Vi que as casas dos santos devem ser mantidas em ordem e asseadas, livres de pó e sujeira, e de toda imundícia. Vi que a casa de Deus fora profanada pelo desleixo dos pais com seus filhos, a pela desordem e imundícia existentes ali. Vi que essas coisas devem receber uma repreensão aberta, e se não houver imediata modificação nalguns que professam a verdade nessas coisas, eles devem ser postos para fora do arraial. ... ME3 274 2 O apetite e o alimento apropriado -- Então eu vi que o apetite precisa ser negado, que não devem ser preparados alimentos muito substanciosos, e aquilo que é gasto com o apetite deve ser posto na tesouraria de Deus. Seria útil ali, e os que negaram a si mesmos ajuntariam um tesouro no Céu. Vi que Deus estava purificando Seu povo. ME3 274 3 O orgulho e os ídolos precisam ser abandonados. Vi que alimentos muito substanciosos estavam destruindo a saúde do corpo, arruinando constituições físicas, destruindo mentes, e eram um grande desperdício de meios. ME3 274 4 Vi que muitos entre o remanescente eram doentios, os quais se tornaram assim pela condescendência com o apetite. Se queremos ter boa saúde, precisamos ter especial cuidado da saúde que Deus nos concedeu, negar o apetite malsão, comer menos alimentos refinados, ingerir alimentos integrais isentos de gordura. Então, quando vos assentais à mesa, para comer, podeis pedir sinceramente a bênção de Deus sobre o alimento, e obter força de alimentos integrais e saudáveis. Deus terá prazer em abençoá-los generosamente, e eles serão um benefício para quem os ingere. ME3 274 5 Vi que devemos orar como Salomão o fez -- "Dá-me o pão que me for necessário" (Provérbios 30:8) -- e, ao fazer a oração, agir de acordo com ela. Obtende alimentos que sejam simples e essenciais à saúde, isentos de gordura. Tais alimentos serão convenientes para vós. ME3 275 1 Há alguns observadores do sábado que fazem do estômago um deus. Eles desperdiçam seus recursos na obtenção de alimentos muito substanciosos. Vi que tais pessoas, se chegarem a ser salvas, saberão o que é premente necessidade, a menos que controlem seu apetite e comam para a glória de Deus. Há bem poucos que comem para a glória de Deus. ME3 275 2 Como podem os que têm bolos e massas cheias de gordura pedir a bênção de Deus sobre isso e comer então com o olhar voltando unicamente para a glória de Deus? É-nos ordenado fazer tudo para a glória de Deus. Devemos comer e beber para Sua glória. -- Manuscrito 3, 1854. ------------------------Capítulo 32 -- A visão da reforma pró-saúde em 1863 Perguntas oportunas respondidas ME3 276 1 Pergunta sobre a visão -- Recebeu suas visões sobre a reforma pró-saúde antes de visitar o Instituto de Saúde em Dansville, Nova Iorque ou antes de ter lido outras obras sobre o assunto? ME3 276 2 Resposta -- Foi na casa do irmão A. Hilliard, em Otsego, Michigan, a 6 de Junho de 1863, que o grande assunto da Reforma Pró-Saúde me foi apresentado em visão. ME3 276 3 Não visitei Dansville até Agosto de 1864, catorze meses depois que tive a visão. Não li nenhuma obra sobre saúde até que escrevi Spirituals Gifts ("Dons Espirituais"), volumes 3 e 4, Appeal to Mothers ("Apelo às Mães") e delineara a maior parte de meus seis artigos nos seis números de How to Live. ME3 276 4 Eu não sabia que existia tal periódico como The Laws of Life, publicado em Dansville, N. I. Não tinha ouvido falar das diversas obras sobre saúde, escritas pelo Dr. J. C. Jackson, e de outras publicações em Dansville, na ocasião em que tive a visão mencionada acima. Não sabia da existência dessas obras antes de Setembro de 1863, quando em Boston, Massachusetts, meu marido viu seu anúncio num periódico intitulado: The Voice of the Prophets ("A Voz dos Profetas"), publicado pelo Pastor V. Himes. Meu marido encomendou as obras de Dansville e recebeu-as em Topsham, Maine. Suas atividades não lhe concederam tempo para examiná-las, e como eu não resolvi lê-los enquanto não tivesse escrito minhas visões, os livros permaneceram em seus invólucros. ME3 277 1 Quando apresentei o assunto da saúde a amigos onde eu labutei em Michigan, Nova Inglaterra, e no Estado de Nova Iorque, e falei contra as drogas e os alimentos cárneos, e a favor da água, do ar puro e da alimentação correta, muitas vezes era feita a observação: "A senhora exprime muito de perto as opiniões ensinadas em Laws of Life ("Leis da Vida") e outras publicações dos Drs. Trall, Jackson e outros. Leu essa revista e aquelas obras?" ME3 277 2 Minha resposta foi que eu não o havia feito, nem devia lê-las até que houvesse escrito as minhas visões por extenso, para que não se dissesse que eu recebi de médicos minha luz sobre o assunto da saúde, e não do Senhor. ME3 277 3 E depois que escrevi os meus seis artigos para How to Live ("Como Viver"), examinei as diversas obras sobre higiene, e fiquei surpresa ao verificar que estavam tão de perto em harmonia com o que o Senhor me revelara. E para mostrar essa harmonia, e apresentar a meus irmãos e irmãs o assunto da maneira como fora exposto por hábeis escritores, decidi publicar How to Live, em que extraí muita coisa das obras mencionadas. Como foi revelada a reforma do vestuário ME3 277 4 Pergunta -- O costume de as irmãs usarem seus vestidos nove polegadas acima do assoalho não contradiz o Testemunho N. 11, o qual declara que eles devem chegar um pouco abaixo do alto das botas de uma senhora? ME3 277 5 Resposta -- A distância exata da parte inferior do vestido até o assoalho não me foi dada em polegadas. ... Mas passaram diante de mim três grupos de mulheres, com seus vestidos das maneiras que seguem, no tocante ao comprimento: ME3 278 1 O primeiro era do comprimento segundo a moda, sobrecarregando os membros, impedindo o passo, varrendo a rua e juntando as sujidades; do qual declarei plenamente os maus resultados. Esta classe, serva da moda, parecia fraca e lânguida. ME3 278 2 O vestuário da segunda classe que passou diante de mim era a muitos respeitos como devia ser. Os membros estavam bem vestidos. Achavam-se livres das cargas que a tirana Moda impusera à primeira classe; fora, porém, a um extremo de curteza que desgostara e suscitara preconceitos a pessoas boas, destruindo em grande medida sua própria influência. Este é o estilo e a influência do "costume americano", ensinado e usado por muitos em "Nosso Lar", Dansville, N. I. Esse não chega aos joelhos. Não preciso dizer que esse estilo me foi mostrado como sendo demasiado curto. ME3 278 3 Uma terceira classe passou diante de mim com semblantes animados, e passo desembaraçado e lépido. Seu vestuário era do comprimento que descrevi como apropriado, modesto e saudável. Estava umas poucas polegadas acima da sujeira da rua e do passeio e de acordo com todas as situações, como subir ou descer degraus, etc. ME3 278 4 Como declarei mais acima, o comprimento não me foi dado em polegadas. ... Relação da visão quanto ao escrever e à prática ME3 278 5 E quero declarar aqui que, se bem que eu seja tão dependente do Espírito do Senhor ao escrever minhas visões como ao recebê-las, todavia as palavras que emprego ao descrever o que vi são minhas mesmo, a menos que sejam as que me foram ditas por um anjo, as quais eu sempre ponho entre aspas. ME3 278 6 Quando escrevi sobre a questão do vestuário, a visão daqueles três grupos reavivou-se em minha mente de modo tão claro como quando a tive; mas foi-me permitido descrever o comprimento do vestuário em minha própria linguagem, da melhor maneira que me fosse possível, o que eu fiz declarando que a parte inferior do vestido devia chegar perto do alto das botas das senhoras, o que seria necessário a fim de estar acima da sujeira da rua sob as circunstâncias mencionadas anteriormente. ME3 279 1 Trajo o vestido, do comprimento mais aproximado do que eu vira e descrevera, segundo me foi possível julgar. Minhas irmãs, no Norte de Michigan, também o adotaram. E ao surgir a questão das polegadas, a fim de assegurar uniformidade quanto ao cumprimento em toda parte, foi trazida uma régua, e verificou-se que o comprimento de nossos vestidos mediava entre oito e dez polegadas acima do chão. Alguns deles eram um pouquinho mais compridos do que o modelo que me fora mostrado, ao passo que outros eram um pouco mais curtos. -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1867. Escritos sobre saúde, em 6 de Junho, o dia da visão ME3 279 2 Vi que agora devíamos ter especial cuidado da saúde que Deus nos deu, pois nossa obra ainda não tinha sido realizada. Nosso testemunho ainda precisava ser dado, e teria influência. Vi que eu gastara demasiado tempo e forças costurando, e servindo e recebendo visitas. Vi que os cuidados domésticos deviam ser eliminados. A preparação de roupas é um laço; outros podem fazer isso. Deus não me deu forças para este trabalho. Devemos preservar nossas energias para labutar em Sua causa, e dar nosso testemunho quando for necessário. Vi que devíamos cuidar de nossas forças e não tomar sobre nós fardos que outros podem e devem levar. ME3 279 3 Vi que devemos incentivar uma disposição mental cheia de ânimo, esperança e paz, pois nossa saúde depende de fazermos isso. Vi que era dever de todos cuidar de sua saúde, mas especialmente devíamos nós volver a atenção para nossa saúde, e tomar tempo para ser dedicado a nossa saúde, para que possamos, até certo ponto, recuperar-nos dos efeitos de extenuar e sobrecarregar a mente. A obra que Deus requer de nós não nos isenta de cuidar de nossa saúde. Quanto mais perfeita for nossa saúde, tanto mais perfeito será o nosso trabalho. ME3 280 1 Observar e ensinar os princípios da reforma pró-saúde -- Vi que quando sobrecarregamos nossas forças, trabalhamos demais e nos cansamos muito, nós ficamos resfriados, e nessas ocasiões corremos o perigo de que as doenças tomem uma forma perigosa. Não devemos confiar o cuidado de nós mesmos a Deus, para que Ele zele e cuide daquilo que Ele nos encarregou de vigiar e cuidar. Não é seguro, nem agrada a Deus que violemos as leis da saúde, pedindo então que Ele cuide de nossa saúde e nos livre de doenças, quando estamos vivendo diretamente ao contrário de nossas orações. ME3 280 2 Vi que era um dever sagrado zelar de nossa saúde, e despertar outros para seu dever, sem colocar sobre nós o peso do seu caso. Temos, porém, o dever de falar e de batalhar contra a intemperança de toda espécie -- intemperança no trabalho, no comer, no beber e no uso de medicamentos -- indicando-lhes então o grande remédio de Deus: água, água pura, para doenças, para a saúde, para limpeza e como regalo. ME3 280 3 Uma atitude animosa e agradecida -- Vi que meu marido não devia permitir que sua mente se demorasse no lado errado -- no lado escuro e sombrio. Ele devia afastar de si os pensamentos e assuntos entristecedores, e ser animado, feliz, agradecido, apegar-se firmemente a Deus e ter inabalável fé e confiança nEle. Sua saúde será muito melhor se ele conseguir controlar a mente. Vi que, de todos os outros, meu marido deve ter todo o descanso que puder desfrutar no sábado, quando não estiver pregando. ... ME3 280 4 Vi que não devemos calar-nos a respeito do assunto da saúde, mas despertar as mentes para ele. -- Manuscrito 1, 1863. Um retrospecto, em 1867, dos escritos sobre a reforma pró-saúde ME3 280 5 Mentes doentes têm uma experiência doentia, ao passo que uma mente sadia, pura e sã, com as faculdades intelectuais desanuviadas, terá uma experiência salutar que será de inestimável valor. A felicidade que acompanha uma vida dedicada a fazer o bem constituirá uma recompensa diária e por si mesma será saúde e alegria. ME3 281 1 Fiquei surpresa com as coisas que me foram mostradas em visão. Muitas delas iam diretamente de encontro a minhas próprias idéias. O assunto estava continuamente em meu espírito. Eu falei sobre ele com todos aqueles com os quais tive oportunidade de conversar. Meus primeiros escritos da visão foram a substância da matéria contida em [Spiritual Gifts] Volume IV e em [meus seis artigos em] How to Live, intitulados: "Doenças e Suas Causas." ME3 281 2 Fomos inesperadamente convidados a visitar Allegan para assistir a um funeral [23 de Junho de 1863], e partimos então para nossa viagem ao Leste [19 de Agosto], tencionando concluir meu livro nessa viagem. Ao visitarmos as igrejas, coisas que me haviam sido mostradas em relação com males existentes requereram quase todo o meu tempo, fora das reuniões, escrevendo o assunto para eles. Antes de voltar para casa, do Leste, eu escrevera cerca de 500 páginas para indivíduos e para igrejas. ME3 281 3 Depois que retornamos do Leste [21 de dez. de 1863], comecei a escrever [Spiritual Gifts] Volume III, esperando ter um livro do tamanho para ser encadernado com os testemunhos que ajudam a compor [Spiritual Gifts] Volume IV. À medida que fui escrevendo, o assunto se expandiu diante de mim e vi que era impossível colocar tudo que eu tinha para escrever em tão poucas páginas como planejara a princípio. O assunto se ampliou e o Volume III ficou repleto. Então comecei o Volume IV, mas antes de terminar minha obra, enquanto preparava a matéria sobre saúde, para o prelo, fui convidada a ir a Monterey. Nós fomos, e não pudemos terminar o trabalho ali tão depressa como esperávamos. Fui obrigada a voltar para concluir a matéria para o prelo, e deixamos um compromisso para a semana seguinte. ME3 281 4 Estas duas viagens, em tempo de calor, foram demais para minhas forças. Eu escrevera quase que constantemente durante mais de um ano. Geralmente começava a escrever às sete da manhã e prosseguia até às sete da noite, e então deixava de escrever para ler folhas de prova. Minha mente tinha sido muito sobrecarregada, e por três semanas eu não pudera dormir mais de duas horas à noite. A cabeça doía-me constantemente. ME3 282 1 Reuni, portanto, no Volume IV, os pontos essenciais da visão a respeito da saúde, tencionando publicar outro testemunho no qual eu pudesse falar mais livremente sobre a felicidade e as aflições da vida matrimonial. Com esta deliberação, terminei o Volume IV [23 de Agosto de 1864], para que ele pudesse ser disseminado entre o povo. Reservei para esse volume alguns pontos importantes acerca da saúde, que eu não tivera forças ou tempo para preparar, a fim de publicá-lo por ocasião de nossa viagem ao Leste [1864]. Escrito independentemente de livros ou opiniões de outros ME3 282 2 Aquilo que eu escrevi a respeito da saúde não foi tirado de livros ou revistas. Quando relatava para os outros as coisas que me foram mostradas, era feita a pergunta: "Viu o periódico The Laws of Life (As Leis da Vida) ou o Water Cure Journal (Revista da Hidroterapia)?" Disse-lhes que eu não vira nenhum desses periódicos. Eles afirmaram: "O que a senhora viu concorda bem de perto com grande parte de seus ensinos." Falei livremente com o Dr. Lay e muitos outros sobre as coisas que me haviam sido mostradas a respeito da saúde. Eu nunca tinha visto um periódico que versava sobre a saúde. ME3 282 3 Depois que me foi dada a visão, despertou-se o interesse de meu marido por questões de saúde. Ele adquiriu livros, em nossa viagem para o Leste, mas eu não quis lê-los. Minha visão era clara, e eu não queria ler coisa alguma enquanto não houvesse terminado os meus livros. Minhas visões foram escritas independentemente de livros ou das opiniões de outros. -- Manuscrito 7, 1867. ------------------------Capítulo 33 -- O uso apropriado dos testemunhos sobre a reforma pró-saúde ME3 283 1 Creio plenamente que o fim de todas as coisas está perto, e toda faculdade que Deus nos concedeu deve ser empregada no mais judicioso e elevado serviço para Deus. O Senhor tirou um povo do mundo não somente a fim de habilitá-los para um puro e santo Céu, mas a fim de prepará-los também, pela sabedoria que Ele lhes dará, para serem cooperadores de Deus em preparar um povo para ficar em pé no dia de Deus. ME3 283 2 Grande luz tem sido dada sobre a reforma pró-saúde, mas é essencial que todos tratem deste assunto com lhaneza e o defendam com sabedoria. Em nossa experiência temos visto muitos que não apresentam a reforma pró-saúde de um modo que cause a melhor impressão sobre aqueles que eles desejam que aceitem suas opiniões. A Bíblia está repleta de sábios conselhos, e mesmo o comer e o beber recebem a devida atenção. O mais elevado privilégio que o homem pode desfrutar é ser participante da natureza divina, e a fé que nos liga em forte relação com Deus modelará e moldará a mente e a conduta de tal modo que nos tornemos um com Cristo. Ninguém deve, pelo apetite desenfreado, condescender de tal maneira com o seu paladar que debilite alguma das delicadas obras do mecanismo humano, prejudicando assim a mente ou o corpo. O homem é a propriedade adquirida pelo Senhor. ME3 284 1 Se formos participantes da natureza divina, viveremos em comunhão com o nosso Criador e daremos valor a toda a obra de Deus que levou Davi a exclamar: "Por modo assombrosamente maravilhoso me formaste." Salmos 139:14. Não consideraremos os órgãos do corpo como nossa propriedade, como se os houvéssemos criado. Todas as faculdades que Deus concedeu ao corpo humano devem ser apreciadas. "Não sois de vós mesmos", "porque fostes comprados por preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. ME3 284 2 Não devemos tratar insensatamente uma só faculdade da mente, alma ou corpo. Não podemos abusar de qualquer dos delicados órgãos do corpo humano sem ter de pagar a penalidade pela transgressão das leis da Natureza. A religião bíblica introduzida na vida prática assegura a mais elevada cultura do intelecto. ME3 284 3 A temperança é exaltada a um alto nível na Palavra de Deus. Obedecendo a Sua Palavra podemos subir mais e mais alto. O perigo da intemperança é exposto minuciosamente. A vantagem a ser obtida pela temperança nos é revelada em toda a parte das Escrituras. A voz de Deus nos está dizendo: "Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." Mateus 5:48. ME3 284 4 O exemplo de Daniel é apresentado para que o estudemos atentamente, aprendendo as lições que Deus quer que aprendamos neste exemplo que nos é dado na história sagrada. Acautelar-se contra extremos ME3 284 5 Desejamos apresentar a temperança e a reforma pró-saúde do ponto de vista bíblico e ser muito cautelosos para não ir a extremos em defender abruptamente a reforma pró-saúde. Cuidemos para não enxertar na reforma pró-saúde um falso rebento de acordo com nossas próprias idéias, entretecendo nela nossos próprios e fortes traços de caráter, fazendo deles a voz de Deus e condenando todos os que não vêem as coisas como nós as vemos. Leva tempo para educar as pessoas a fim de que se afastem dos maus hábitos. ME3 285 1 Estão chegando perguntas de irmãos e irmãs que fazem indagações a respeito da reforma pró-saúde. São feitas declarações de que alguns estão tomando a luz nos testemunhos sobre a reforma pró-saúde e tornando-a uma prova. Eles escolhem declarações feitas acerca de alguns artigos de alimentação que são apresentados como censuráveis -- declarações escritas como advertência e instrução para certos indivíduos que estavam entrando ou tinham entrado num mau caminho. Eles se demoram nessas coisas, tornando-as tão fortes quanto possível, entretecendo seus próprios e censuráveis traços de caráter nessas declarações, e as impõem com grande força, tornando-as assim uma prova e inculcando-as onde só causam dano. Necessidade de moderação e cautela ME3 285 2 Está faltando a mansidão e humildade de Cristo. A moderação e cautela são muito necessárias, mas eles não possuem estes desejáveis traços de caráter. Precisam receber o molde de Deus. E essas pessoas podem tomar a reforma pró-saúde e causar grande dano com ela, imbuindo as mentes de preconceitos, de modo que os ouvidos se fechem para a verdade. ME3 285 3 A reforma pró-saúde, exposta sabiamente, demonstrará ser uma cunha de entrada onde a verdade pode seguir-se com acentuado êxito. No entanto, apresentar a reforma pró-saúde insensatamente, fazendo desse assunto o tema principal da mensagem, tem concorrido para suscitar preconceitos entre os descrentes e obstruir o caminho para a verdade, deixando a impressão de que somos extremistas. Ora, o Senhor quer que sejamos sábios e compreensivos quanto ao que constitui Sua vontade. Não devemos dar motivo para sermos considerados extremistas. Isto seria uma grande desvantagem para nós e para a verdade que Deus nos incumbiu de transmitir ao povo. Pela introdução do próprio eu não consagrado, aquilo que sempre devemos apresentar como uma bênção transforma-se numa pedra de tropeço. ME3 285 4 Vemos os que escolhem as expressões mais fortes dos testemunhos e sem fazer uma exposição ou um relato das circunstâncias em que são dados os avisos e advertências, querem impô-los em todos os casos. Assim eles produzem maléficas impressões na mente das pessoas. Há sempre os que são propensos a apossar-se de alguma coisa de tal índole que possa ser usada por eles para prender as pessoas a rigorosa e severa prova, e que inserirão elementos de seu próprio caráter nas reformas. Isto, desde o início, suscita a combatividade daqueles mesmos que eles poderiam ajudar se agissem cautelosamente, exercendo uma influência salutar que levaria as pessoas com eles. Empreenderão a obra fazendo uma invectiva contra as pessoas. Escolhendo algumas coisas nos testemunhos, impõem-nas a todos, e, em vez de ganhar almas, repelem-nas. Causam divisões, quando podiam e deviam promover a harmonia. O perigo de famílias mostrado a Ellen White ME3 286 1 Foi-me mostrado o perigo de famílias que são de temperamento excitável, com predomínio das paixões animais. Seus filhos não devem ter permissão para fazer dos ovos sua alimentação, pois esta espécie de alimento -- ovos e a carne de animais -- instiga e excita as paixões animais. Isto torna muito difícil vencerem a tentação para condescender com a pecaminosa prática da masturbação, a qual nesta época quase é praticada universalmente. Este hábito debilita as faculdades físicas, mentais e morais, e obstrui o caminho para a vida eterna. ME3 286 2 Algumas famílias me foram mostradas em deplorável condição. Devido a esse pecado degradante, elas se encontram onde a verdade de Deus não pode ter acesso ao coração ou à mente. Essa prática conduz a engano, falsidade, costumes licenciosos e à corrupção e poluição de outras mentes, mesmo de crianças muito novas. Uma vez adquirido, esse hábito é mais difícil de ser vencido do que a avidez por bebidas alcoólicas ou pelo fumo. ME3 286 3 Estes males, tão predominantes, levaram-me a fazer as declarações que fiz. As repreensões especiais foram apresentadas como advertência para outros; assim elas chegam a outras famílias além dos próprios indivíduos corrigidos e repreendidos. Deixai, porém, que os testemunhos falem por si mesmos. Não apanhem os indivíduos as declarações mais fortes, feitas a pessoas e famílias, impondo essas coisas porque desejam usar o açoite e ter algo para impor. Tomem esses temperamentos ativos e resolutos a Palavra de Deus e os testemunhos, que apresentam a necessidade de clemência, amor e perfeita unidade, e labutem zelosa e perseverantemente. Com o próprio coração abrandado e enternecido pela graça de Cristo, com espírito humilde e cheio da essência da bondade humana, eles não produzirão preconceitos, nem causarão dissensões, e não debilitarão as igrejas. Manteiga, carne e queijo ME3 287 1 A questão acerca de se devemos comer manteiga, carne ou queijo, não deve ser apresentada como prova a quem quer que seja, mas devemos educar as pessoas, mostrando os males das coisas que são censuráveis. Os que apanham essas coisas e as impõem aos outros não sabem qual a obra que estão realizando. A Palavra de Deus deu provas para Seu povo. A observância da santa lei de Deus, o sábado, é uma prova, um sinal entre Deus e Seu povo através de todas as suas gerações, para sempre. Para sempre isto será o tema principal da mensagem do terceiro anjo -- os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. Chá, café, fumo e álcool ME3 287 2 Chá, café, fumo e álcool precisam ser apresentados como condescendências pecaminosas. Não podemos pôr em pé de igualdade a carne, os ovos, a manteiga, o queijo e tais artigos colocados sobre a mesa. Estes não devem ser postos na frente, como o tema principal de nossa obra. Os primeiros -- chá, café, fumo, cerveja, vinho e todas as bebidas alcoólicas -- não devem ser ingeridos moderadamente, mas rejeitados. Os perniciosos narcóticos não devem ser tratados do mesmo modo que o assunto dos ovos, da manteiga e do queijo. ME3 287 3 No princípio, não se tencionava que os alimentos cárneos fizessem parte da alimentação do homem. Temos plenas evidências de que a carne de animais mortos é perigosa por causa das doenças que rapidamente estão se tornando universais, devido à maldição que incide mais pesadamente em conseqüência dos hábitos e crimes do homem. Devemos apresentar a verdade. Devemos saber como usar a razão e escolher os artigos de alimentação que produzam o melhor sangue e o mantenham numa condição que não seja febril. -- Manuscrito 5, 1881. Uma obra que deprecia a reforma pró-saúde ME3 288 1 Haverá alguns que não causarão a melhor e mais correta impressão sobre as mentes. Serão propensos a idéias e planos restritos, e não terão a menor idéia do que constitui a reforma pró-saúde. Tomarão os testemunhos que foram dados para indivíduos especiais, sob circunstâncias peculiares, e generalizarão esses testemunhos, aplicando-os a todos os casos, trazendo assim desonra para minha obra e para a influência dos testemunhos sobre a reforma pró-saúde. -- Carta 57, 1886. ------------------------Capítulo 34 -- Riscos físicos e espirituais de condescender com o apetite Modificações devido ao uso de alimentos cárneos ME3 289 1 A carne de animais mortos não era o alimento original para o homem. Foi-lhe permitido comê-la depois do Dilúvio porque tinha sido destruída toda a vegetação. Mas a maldição proferida sobre o homem e a Terra e todos os seres viventes tem ocasionado estranhas e notáveis modificações. Desde o Dilúvio a raça humana vem encurtando seu período de existência. A degeneração física, mental e moral está aumentando rapidamente nestes últimos dias. -- Manuscrito 3, 1897. Gosto e juízo corrompidos ME3 289 2 Não conheceis o perigo de comer carne meramente porque vosso apetite anseia por ela. Ao participar, porém, dessa alimentação, o homem põe na boca o que estimula paixões pecaminosas. Emoções não consagradas enchem a mente, e a visão espiritual é anuviada; pois a propensão da condescendência pessoal é corromper o gosto e o juízo. Abastecendo vossa mesa dessa espécie de alimento, contrariais a vontade de Deus. É ocasionado um estado de coisas que conduzirá à desconsideração pelos preceitos da lei de Deus. ... ME3 289 3 Mas não é fácil vencer tendências hereditárias e cultivadas para o mal. O próprio eu é imperioso, e se esforça por obter a vitória. Mas as promessas são dadas "ao que vencer". O Senhor apresenta o caminho certo, mas não compele ninguém a obedecer. Ele deixa que aqueles a quem concede a luz a aceitem ou desprezem, mas seu procedimento é seguido de infalíveis resultados. A causa precisa produzir efeito. ... ME3 290 1 Sobre os pais repousa a soleníssima obrigação de sujeitar-se a hábitos corretos de comer e beber. Colocai diante de vossos filhos alimentos simples e saudáveis, evitando tudo de natureza estimulante. O efeito que a alimentação cárnea exerce sobre crianças nervosas não é torná-las afáveis e pacientes, e, sim, impertinentes, irritáveis, irascíveis e impacientes sob a restrição. Perdem-se práticas virtuosas, e a corrupção destrói a mente, alma e corpo. -- Manuscrito 47, 1896. É sacrificada a saúde espiritual ME3 290 2 Comer a carne de animais mortos é deletério para a saúde do corpo, e todos os que usam uma alimentação cárnea estão aumentando suas paixões animais e diminuindo sua suscetibilidade espiritual para perceber o poder da verdade e a necessidade de introduzi-la em sua vida prática. -- Carta 54, 1896. A vida religiosa e física estão relacionadas ME3 290 3 Comer a carne de animais mortos tem efeito prejudicial sobre a espiritualidade. Quando a carne passa a ser o principal artigo da alimentação, as faculdades superiores são subjugadas pelas paixões inferiores. Estas coisas constituem uma ofensa a Deus, e são a causa de um declínio na vida espiritual. ... Tudo que fizermos no âmbito do comer e do beber deve ser feito com o especial propósito de nutrir o corpo, a fim de que possamos servir a Deus para a glória do Seu nome. O corpo inteiro é propriedade de Deus e devemos dar rigorosa atenção a nosso bem-estar físico, pois a vida religiosa está intimamente relacionada com os hábitos e costumes físicos. -- Carta 69, 1896. ME3 291 1 O Senhor está ensinando a Seu povo que é para seu benefício espiritual e físico abster-se de comer carne. Não há necessidade de ingerir a carne de animais mortos. -- Carta 83, 1901. O perigo de ignorância voluntária ME3 291 2 O que comemos e bebemos tem importante influência sobre a nossa vida, e os cristãos devem pôr seus hábitos de comer e beber em harmonia com as leis da Natureza. Precisamos sentir nossas obrigações para com Deus nessas questões. A obediência às leis da saúde deve tornar-se um assunto de diligente estudo; pois a ignorância voluntária quanto a este assunto é pecado. Cada um deve sentir a obrigação pessoal de cumprir as leis do viver saudável. A quem pertencemos nós? ME3 291 3 Muitos se afastam da luz, devido a ter sido dada uma palavra de advertência, e perguntam: "Não podemos fazer o que quisermos com nós mesmos?" Criastes a vós mesmos? Pagastes o preço da redenção por vossa alma e corpo? Nesse caso, pertenceis a vós mesmos. Mas a Palavra de Deus declara: "Fostes comprados por preço", "o precioso sangue de Cristo". A Palavra de Deus nos diz claramente que os nossos hábitos naturais devem ser rigorosamente vigiados e controlados. "Exorto-vos... a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma." Faremos isto? A Palavra de Deus é perfeita e converte a alma. Se atentarmos diligentemente para os seus preceitos, seremos moldados, física e espiritualmente, à imagem de Deus. -- Carta 103, 1896. Empecilhos ao desenvolvimento mental e à santificação da alma ME3 291 4 Deus requer contínuo avanço de Seu povo. Eles precisam aprender que a condescendência com o apetite é o maior empecilho ao desenvolvimento mental e à santificação da alma. Como um povo, com toda a nossa profissão de reforma pró-saúde, comemos demais. A condescendência com o apetite é a maior causa de debilidade física e mental, e constitui em grande parte a causa de fraqueza e morte prematura. A intemperança começa em nossas mesas quando usamos insensata combinação de alimentos. O indivíduo que procura possuir pureza de espírito tenha em mente que em Cristo há poder para controlar o apetite. -- Manuscrito 73, 1908. ME3 292 1 À medida que nos aproximamos do fim da história terrestre, prevalece o egoísmo, a violência e o crime, como nos dias de Noé. E a causa é a mesma -- a excessiva condescendência dos apetites e paixões. Uma reforma nos hábitos de vida é especialmente necessária neste tempo, a fim de habilitar um povo para a vinda de Cristo. O próprio Salvador adverte a Igreja: "Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que os vossos corações fiquem sobrecarregados com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço." ME3 292 2 A reforma pró-saúde é um assunto que precisa ser compreendido por nós a fim de estarmos preparados para os acontecimentos que se encontram à nossa frente. É um ramo da obra do Senhor que não recebeu a merecida atenção, e tem-se perdido muita coisa devido à negligência. Ela deve ocupar uma posição preeminente; não é uma questão para ser menosprezada, passada por alto como não essencial ou tratada com desdém. Se a Igreja manifestasse maior interesse nessa reforma, sua influência para o bem aumentaria consideravelmente. ME3 292 3 Para os que aguardam a vinda do Senhor, para os que são convidados a ser trabalhadores em Sua vinha -- para todos os que se estão preparando para um lugar no reino eterno -- quão importante é que o cérebro seja claro, e que o corpo se ache tão livre de doenças quanto for possível! -- Manuscrito 59, 1890. ------------------------Capítulo 35 -- Ensinando a reforma pró-saúde na família Coerência dos pais com os filhos à mesa ME3 293 1 Nossa obra é agora uma obra muito solene e importante. Não podemos esquivar-nos a ela. Há a máxima necessidade de educação em mais setores do que apenas um. A grande necessidade de vós dois é sentir que deveis estar sob a supervisão de Deus. Sois Sua propriedade. Vossos filhos são Sua propriedade para serem educados como membros mais novos da família do Senhor, e não para considerar que precisam ser satisfeitos todos os seus caprichos, e que nada lhes deve ser negado. Se vísseis ser adotado por outros o mesmo sistema de disciplina ao dirigirem os seus filhos, vós os criticaríeis severamente. ME3 293 2 Além disso, não condescendais em sentar-vos à mesa coberta com uma grande variedade de alimentos, e, visto que gostais dessas coisas, não passeis a comê-las diante de vossos filhos, dizendo: Não, vocês não podem comer isto! Não podem comer aquilo, pois lhes fará mal; ao passo que vós comeis abundantemente das próprias coisas que os proibis de tocar. Vossa disciplina nesse sentido requer a reforma e o princípio da prática. ME3 293 3 É uma crueldade que vos senteis para a terceira refeição e tenhais satisfação em conversar e regalar-vos, ao passo que mandais vossos filhos sentarem-se perto dali, sem comer nada, representando a excelente disciplina a que vossos filhos estão sujeitos, deixando que vos vejam comendo e não se rebelem contra a vossa autoridade. Eles se rebelam. São novos agora, mas continuar essa espécie de disciplina arruinará vossa autoridade. Estimulando as crianças a comer em demasia ME3 294 1 Então, também, pareceis recear, quando vossos filhos estão à mesa, que eles não comam o suficiente, e os estimulais a comer e a beber. Não precisais ter a menor preocupação e mostrar a ansiedade que tendes manifestado, temendo que eles não comam o suficiente. Seu estômago é pequeno e não pode reter grande quantidade. É muito melhor deixar que tenham três refeições, do que duas, por esta razão. Permitis que eles tenham grande quantidade de alimento numa só refeição. Assim é lançado o fundamento para distensão do estômago, que resulta em dispepsia. ME3 294 2 Não é prudente que comam e bebam o que não lhes é agradável. Além disso, tende o cuidado de colocar diante deles o próprio alimento que desejais que eles comam. Aquilo que constitui uma saudável qualidade de alimento para eles, é saudável para vós. Mas até mesmo a quantidade de alimento saudável deve receber cuidadosa atenção, para não introduzir no estômago uma quantidade muito grande numa só refeição. Nós mesmos devemos ser temperantes em todas as coisas, se quisermos dar lições apropriadas a nossos filhos. Quando forem mais velhos, será notada qualquer imprudência de vossa parte. -- Carta 12, 1884. Não estabelecer nenhuma regra ME3 294 3 Não deve ser permitido comer entre as refeições. Tenho tomado duas refeições por dia durante os últimos vinte e cinco anos. Eu mesma não uso manteiga, mas alguns de meus obreiros que se sentem à minha mesa comem manteiga. Eles não toleram leite; ele azeda no estômago; ao passo que toleram pequena quantidade de manteiga. ME3 294 4 Não podemos regular a questão do regime alimentar estabelecendo alguma regra. Alguns podem comer feijão e ervilhas secas, mas para mim essa alimentação é prejudicial. É como veneno. Alguns têm apetite e gosto por certas coisas, e as assimilam bem. Outros não têm apetite por esses artigos. Assim, não se pode estabelecer uma regra para todos. -- Manuscrito 15, 1889. ------------------------Capítulo 36 -- A irmã White e a oração pelos doentes ME3 295 1 Alguns têm feito a pergunta: "A irmã White tem curado doentes?" Respondo: "Não, não; a irmã White muitas vezes foi convidada a orar pelos doentes e a ungi-los com óleo no nome do Senhor Jesus, e, com eles, ela tem reivindicado o cumprimento da promessa: 'A oração da fé salvará o enfermo.' Nenhum poder humano pode salvar o doente; no entanto, por meio da oração da fé, o Poderoso Restaurador tem cumprido Sua promessa aos que invocam o Seu nome. Nenhum poder humano pode perdoar pecados ou salvar o pecador. Ninguém pode fazer isto, senão Cristo, o misericordioso Médico do corpo e alma. ME3 295 2 Muitas vezes foi meu privilégio orar com os doentes. Devíamos fazer isto com muito mais freqüência do que temos feito. Se mais orações fossem oferecidas em nossos sanatórios para a cura dos doentes, seria visto o grande poder do Restaurador. Muito mais pessoas seriam fortalecidas e abençoadas, e seriam curadas muito mais enfermidades agudas. ME3 295 3 O poder de Cristo para deter a doença foi revelado no passado de notável maneira. Antes que fôssemos favorecidos com instituições em que os doentes pudessem obter alívio, por diligente tratamento e fervorosa oração com fé em Deus, resolvemos com êxito os casos que pareciam ser mais desesperadores. Hoje o Senhor convida os sofredores a terem fé nEle. A necessidade do homem é a oportunidade de Deus. Citação de Marcos 6:1-5. ... Oração simples e fervente deve acompanhar o tratamento ME3 296 1 Com todos os nossos tratamentos prestados aos doentes, devem ser oferecidas orações simples e ferventes pela bênção da cura. Devemos chamar a atenção dos doentes para o compassivo Salvador e Seu poder para perdoar e curar. Eles podem ser restaurados por meio de Sua bondosa providência. Chamai a atenção dos sofredores para o seu Advogado nas cortes celestiais. Dizei-lhes que Cristo curará os doentes, se eles se arrependerem e cessarem de transgredir as leis de Deus. Há um Salvador que Se revelará em nossos hospitais para salvar os que se submeterem a Ele. Os sofredores podem unir-se convosco em oração, confessando seu pecado e recebendo perdão. ME3 296 2 É Cristo quem cura -- A irmã White nunca afirmou curar os doentes. É Cristo quem tem curado em todos os casos, como era Cristo quem nos dias de Seu ministério ressuscitava os mortos para a vida. É Cristo quem realiza toda obra poderosa pelo ministério de Seus servos. Deve-se confiar e crer nesse Cristo. Sua bênção sobre o meio usado para a restauração da saúde trará êxito. A misericórdia de Cristo se deleita em manifestar-se em favor da humanidade sofredora. É Ele quem comunica o ministério da cura aos doentes, e os médicos devem atribuir-Lhe a glória pelas maravilhosas obras realizadas. -- Carta 158, 1908. ------------------------Capítulo 37 -- Os Adventistas do Sétimo Dia e as ações judiciais ME3 299 1 Expondo as dificuldades da igreja aos descrentes -- Quando surgem problemas na igreja, não devemos buscar o auxílio de advogados que não pertençam a nossa fé. Deus não deseja que revelemos as dificuldades da igreja aos que não O temem. Ele não quer que dependamos da ajuda dos que não obedecem aos Seus requisitos. Os que confiam em tais conselheiros demonstram não ter fé em Deus. O Senhor é grandemente desonrado por sua falta de fé, e o seu procedimento ocasiona grande dano para eles mesmos. Ao apelar para descrentes a fim de resolver dificuldades na igreja eles mordem e devoram uns aos outros, para serem "mutuamente destruídos". Gálatas 5:15. ME3 299 2 Esses homens rejeitam o conselho que Deus tem dado e fazem as próprias coisas que Ele recomendou que não fizessem. Mostram que escolheram o mundo como seu juiz, e no Céu os seus nomes são registrados junto com os descrentes. Cristo é crucificado novamente e exposto à ignomínia. Saibam esses homens que Deus não ouve suas orações. Eles insultam Seu santo nome, e Ele os entregará aos golpes de Satanás até que vejam sua insensatez e busquem o Senhor pela confissão de seu pecado. ME3 299 3 Questões relacionadas com a igreja devem ser mantidas dentro de seus próprios limites. Se um cristão é vituperado, ele deve suportá-lo pacientemente; se é defraudado, não deve apelar para os tribunais de justiça. Sofra antes a perda e a injustiça. ME3 300 1 Deus lidará com o indigno membro de igreja que lesa seu irmão ou a Causa de Deus; o cristão não precisa lutar por seus direitos. Deus lidará com aquele que viola esses direitos. "A Mim Me pertence a vingança; Eu retribuirei, diz o Senhor." Romanos 12:19. É mantido um relato de todas essas questões, e para todos o Senhor declara que Ele fará a vingança. Trará a juízo todas as obras. Conselheiros inseguros ME3 300 2 Os interesses da Causa de Deus não devem ser confiados a homens que não têm ligação com o Céu. Os que são desleais a Deus não podem ser conselheiros seguros. Eles não possuem aquela sabedoria que provém do alto. Não se pode confiar neles para sentenciarem sobre questões relacionadas com a Causa de Deus, questões essas das quais dependem tão grandes resultados. Se nós seguirmos o seu critério, certamente seremos conduzidos a situações muito difíceis e atrasaremos a obra de Deus. ME3 300 3 Os que não estão ligados com Deus estão ligados com o inimigo de Deus, e embora sejam sinceros no conselho que dão, eles mesmos são cegos e enganados. Satanás põe sugestões na mente e palavras na boca que são inteiramente contrárias à mente e à vontade de Deus. Assim ele age por meio deles para induzir-nos a falsas veredas. Se puder, ele nos desencaminhará, enredará e arruinará. ME3 300 4 Antigamente era um grande pecado para o povo de Deus entregar-se ao inimigo, revelando diante deles sua perplexidade ou sua prosperidade. Sob a economia antiga era um pecado oferecer sacrifício sobre o altar errado. Era um pecado oferecer incenso aceso pelo fogo errado. ME3 300 5 Corremos o perigo de misturar o sagrado e o comum. O fogo sagrado de Deus deve ser usado em nossos esforços. O verdadeiro altar é Cristo; o verdadeiro fogo é o Espírito Santo. Isto é nossa inspiração. É somente quando o Espírito Santo dirige e guia um homem que ele constitui um conselheiro seguro. Se nos desviarmos de Deus e de Seus escolhidos para inquirir em altares estranhos, seremos retribuídos de acordo com as nossas obras. ME3 301 1 Manifestemos perfeita confiança em nosso Dirigente. Busquemos sabedoria da Fonte da sabedoria. Em toda situação desconcertante ou probante, esteja o povo de Deus de acordo no tocante àquilo que desejam, e unam-se então em fazer oração a Deus e perseverem em pedir a ajuda de que necessitam. Devemos reconhecer a Deus em todas as nossas deliberações, e quando Lhe pedimos alguma coisa, devemos crer que recebemos as próprias bênçãos solicitadas. -- Manuscrito 196, 1898. Conselho a um crente que ameaçava instaurar processos judiciais ME3 301 2 Quando você se empenhou naquela ação judicial contra R., eu disse que se S. foi tão longe que entrou nesse negócio, isso será uma mancha em sua vida. Estou triste por causa de sua atitude neste caso; sei que isso não é correto, e que de maneira alguma abrandará a situação para você. É apenas uma manifestação daquela sabedoria que não provém do alto. ME3 301 3 Informaram-me que você tencionava instaurar um processo contra mim, alegando que foi prejudicado pelos testemunhos dados em seu caso. Recebi uma carta com ameaças de que se eu não reconhecesse tê-lo prejudicado, o processo seria iniciado. Pois bem, quase não pude acreditar que você penetrara tão decididamente no terreno do inimigo, conhecendo tão bem a obra de minha vida. ME3 301 4 Tudo que lhe escrevi, toda palavra disso, era verdade. Não tenho retratações para fazer. Só fiz aquilo que sei que é o meu dever. Meu único motivo ao publicar o assunto era a esperança de salvá-lo. Não tive outro pensamento senão sincera piedade e amor por sua alma. Você mesmo sabe que tenho grande interesse por sua alma. ... ME3 301 5 Se alguém procurar estorvar-me nesta obra, apelando para a lei, não tirarei coisa alguma dos testemunhos dados. A obra em que estou empenhada não é minha. É a obra de Deus, que Ele me deu para fazer. Não acreditei que você faria algo tão terrível como erguer sua mão finita contra o Deus do Céu. Se alguém chegar a fazer isso, oxalá esse alguém não seja você. ... ME3 302 1 Desejo dizer-lhe: Não tire dinheiro de alguém devido a palavras proferidas contra você ou os seus. Você prejudica a si mesmo ao fazer isso. Se estamos olhando para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé, seremos capazes de orar: "Senhor, perdoa as nossas transgressões, assim como temos perdoado aos que nos ofendem." Jesus não apelava para a lei como desagravo quando era acusado injustamente. Quando era insultado, Ele não retribuía com outro insulto; quando era ameaçado, Ele não revidava. -- Carta 38, 1891. ME3 302 2 Aquilo mesmo que Deus disse que não deviam fazer -- Escrevi muita coisa a respeito de os cristãos que crêem na verdade colocarem seus casos em tribunais de justiça para obter desagravo. Ao fazer isso, eles estão mordendo e devorando uns aos outros, em todo sentido da palavra, para serem "mutuamente destruídos". Rejeitam o conselho inspirado que Deus tem dado, e, apesar da mensagem dada por Ele, fazem aquilo mesmo que Ele disse que não deviam fazer. Tais homens também podem parar de orar a Deus, pois Ele não ouvirá suas orações. Insultam a Jeová, e Ele deixará que se tornem súditos de Satanás até que vejam sua loucura e busquem o Senhor pela confissão dos seus pecados. ... ME3 302 3 O que revelam as apelações para os tribunais -- O mundo e os membros de igreja não convertidos estão de acordo. Alguns, quando Deus os repreende por quererem seguir sua própria vontade, tornam o mundo seu confidente e submetem questões da Igreja à sua decisão. Então há colisão e luta, e Cristo é crucificado novamente e exposto ao vitupério. Os membros de igreja que apelam para os tribunais do mundo demonstram ter escolhido o mundo como seu juiz, e seus nomes são registrados no Céu com os dos descrentes. Com que avidez o mundo se apodera das declarações dos que traem depósitos sagrados! ME3 303 1 Esse ato de apelar para tribunais humanos, nunca dantes empreendido por adventistas do sétimo dia, agora está sendo realizado. Deus permitiu isso para que vós, que tendes sido enganados, possais compreender qual é o poder que está controlando aqueles aos quais foram confiadas grandes responsabilidades. Onde se encontram as sentinelas de Deus? Onde estão os homens que se colocarão ombro a ombro, coração a coração, com a verdade, com a verdade presente para este tempo, de posse do coração? -- Manuscrito 64, 1898. Os santos julgarão o mundo ME3 303 2 Os santos julgarão o mundo. Devem depender, então, do mundo e dos advogados do mundo para resolver suas dificuldades? Deus não quer que apresentem seus problemas para decisão pelos súditos do inimigo. Tenhamos confiança uns nos outros. -- Manuscrito 71, 1903. Advogados e Laodiceanos ME3 303 3 Apoiar-se no braço da lei é uma desonra para os cristãos; no entanto, este mal está sendo introduzido e acalentado entre o povo escolhido do Senhor. Princípios mundanos têm sido apresentados furtivamente, até que na prática muitos de nossos obreiros estão se tornando como os laodiceanos -- indiferentes, porque é colocada tanta confiança em advogados e em documentos e acordos legais. Tal estado de coisas é abominável a Deus. -- Manuscrito 128, 1903. Uma ação judicial contra a casa publicadora ME3 303 4 "Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-la a juízo perante os injustos e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois acaso indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos; quanto mais as coisas desta vida? Entretanto, vós quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja! Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos? O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis antes a injustiça? por que não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos próprios irmãos. Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus?" 1 Coríntios 6:1-9. Quando os membros da igreja têm este conhecimento, sua prática será de tal índole que recomende sua fé. Por uma vida bem ordenada e pela sã conversação eles revelarão a Cristo. Não haverá processos judiciais entre vizinhos ou irmãos. ME3 304 1 Solicito-vos no nome de Cristo que retireis o processo que iniciastes e nunca mais apresenteis um outro ao tribunal. Deus vos proíbe desonrar o Seu nome dessa maneira. Tendes tido grande luz e muitas oportunidades, e não podeis unir-vos com pessoas mundanas e seguir seus métodos. Lembrai-vos de que o Senhor vos tratará de acordo com a posição que tomardes nesta vida. ... ME3 304 2 Digo-vos solenemente que se tomardes a medida que pretendeis tomar, jamais vos recuperareis do seu resultado. Se expuserdes ao mundo as injustiças que imaginais terem sido causadas por vossos irmãos, haverá algumas coisas que terão de ser ditas quanto ao outro lado. Tenho de fazer-vos uma advertência. ME3 304 3 Quanto ao caso dos que partilharam convosco de grandes responsabilidades na Review and Herald e que se tornaram inimigos da obra, não desejareis ouvir a sentença que será proferida sobre eles quando se assentar o tribunal e se abrirem os livros, e toda pessoa for julgada de acordo com aquilo que está escrito nos livros. Quero livrar-vos de seguir uma atitude que vos ligaria aos que se ligaram com os anjos caídos, para causar todo o dano que puderem aos que amam a Deus, e que, sob grande dificuldade, estão procurando proclamar a verdade presente ao mundo. ME3 305 1 A Casa Publicadora não está isenta de culpa -- Aqueles contra os quais apresentais vossas acusações sabem que eu não aprovei a maneira como lidaram convosco, e que os repreendi pelo modo insensível como lidaram com o vosso caso. Há os que não agiram honrosamente. Não procederam como gostariam que procedessem com eles. Devido a isso, porém, devíeis, em face das advertências dadas, agir tão manifestamente ao contrário das advertências dadas? Solicito-vos que não vos excluais da confiança de vossos irmãos e de tomar parte na obra de publicações. ME3 305 2 Preferiria participar de vossa perda, a fazer com que levásseis a questão avante, para dano de vossa alma, dando a Satanás a oportunidade de apresentar o vosso caso aos descrentes sob um aspecto muito ridículo e de mostrar o serviço de publicações sob um aspecto desabonador. ... A causa de Deus é prejudicada ME3 305 3 Tirai esse caso das mãos dos advogados. É-me terrível pensar que ireis diretamente em oposição à clara Palavra de Deus, expondo ao mundo vossa cruel obra contra o povo de Deus que guarda os mandamentos. Se essa medida de vossa parte influísse apenas contra os que vos causaram injustiça, o dano não seria de tão grande projeção; não podeis ver, porém, que ele despertará preconceito contra o povo de Deus como um corpo? Assim magoareis e ferireis a Cristo na pessoa de Seus santos, fazendo com que Satanás exulte porque por vosso intermédio ele conseguiu batalhar contra o povo de Deus e contra Suas instituições, causando-lhes grande dano. -- Carta 301, 1905. ------------------------Capítulo 38 -- Ciência e revelação ME3 306 1 "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus." Os mais poderosos intelectos da Terra não podem compreender a Deus. Se de fato Ele Se revela aos homens, é envolvendo-Se em mistério. Seus caminhos estão fora da possibilidade de serem descobertos. Os homens sempre precisam estar pesquisando, sempre aprendendo; contudo, há um infinito além. Caso pudessem compreender plenamente os propósitos, a sabedoria, o amor e o caráter de Deus, não creriam nEle como Ser infinito, nem Lhe confiariam os interesses de sua alma. Se pudessem sondá-Lo, Ele deixaria de ser supremo. ME3 306 2 Há homens que pensam ter feito maravilhosas descobertas na ciência. Eles citam as opiniões de eruditos como se as considerassem infalíveis, e ensinam as deduções da ciência como verdades que não podem ser contestadas. E a Palavra de Deus, que é dada como lâmpada para os pés do viajante enfastiado do mundo, é julgada por esse padrão, e achada em falta. ME3 306 3 A pesquisa científica em que esses homens se acham empenhados demonstrou ser um laço para eles. Anuviou-lhes a mente, e eles descambaram para o cepticismo. Têm uma sensação de poder; e, em vez de olhar para a Fonte de toda sabedoria, eles se gloriam no conhecimento superficial que talvez tenham obtido. Exaltaram sua sabedoria humana em oposição à sabedoria do grande e poderoso Deus, e ousaram entrar em conflito com Ele. A Palavra inspirada declara que esses homens são "insensatos". Os frutos do cepticismo ME3 307 1 Deus tem permitido que uma torrente de luz incida sobre o mundo nas descobertas na ciência e na arte; quando, porém, pretensos cientistas prelecionam e escrevem sobre esses assuntos meramente do ponto de vista humano, certamente chegarão a conclusões erradas. Os maiores intelectos, se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, ficarão desnorteados em suas tentativas para investigar as relações da ciência e da revelação. O Criador e Suas obras estão além da compreensão deles; e como não conseguem explicá-los pelas leis naturais, a história bíblica é considerada duvidosa. Os que duvidam da veracidade dos relatos do Antigo e do Novo Testamento serão levados um passo além, e duvidarão da existência de Deus; e então, tendo abandonado sua âncora, irão de encontro aos escolhos da incredulidade. ME3 307 2 Moisés escreveu sob a orientação do Espírito de Deus, e as teorias geológicas corretas jamais afirmarão terem sido feitas descobertas que não podem ser harmonizadas com suas declarações. A idéia em que muitos tropeçam, a saber, que Deus não criou a matéria quando trouxe o mundo à existência, limita o poder do Santo de Israel. ME3 307 3 Provar a ciência pela palavra de Deus -- Muitos, quando são incapazes de medir o Criador e Suas obras por seu imperfeito conhecimento da ciência, duvidam da existência de Deus e atribuem infinito poder à Natureza. Tais pessoas perderam a simplicidade da fé e se acham muito distantes de Deus em pensamento e espírito. Deve haver inabalável fé na divindade da Santa Palavra de Deus. A Bíblia não deve ser provada pelas idéias dos homens de ciência, mas a ciência é que deve ser submetida à prova desse padrão infalível. Quando a Bíblia faz declarações de fatos na Natureza, a ciência pode ser comparada com a Palavra Escrita, e a correta compreensão de ambas sempre demonstrará que se acham em harmonia. Uma não contradiz a outra. Todas as verdades, quer na Natureza ou na Revelação, estão de acordo. ME3 308 1 A pesquisa científica abrirá para a mente dos que realmente são sábios vastos campos de pensamento e informação. Eles verão a Deus em Suas obras, e O louvarão. Ele lhes será o primeiro e o melhor, e a mente se concentrará nEle. Os céticos, que lêem a Bíblia para fazer cavilações, devido à ignorância alegam encontrar evidentes contradições entre a ciência e a revelação. Mas a medição de Deus pelo homem nunca será correta. A mente que não é iluminada pelo Espírito de Deus estará sempre em trevas no tocante ao Seu poder. ME3 308 2 As coisas espirituais se discernem espiritualmente. Os que não têm vital união com Deus oscilam dum lado para o outro; eles colocam as opiniões dos homens na frente, e a Palavra de Deus em segundo plano. Apegam-se às asserções humanas de que o juízo contra o pecado é contrário ao bondoso caráter de Deus, e, enquanto se demoram na benignidade infinita, procuram olvidar que existe tal coisa como justiça infinita. ME3 308 3 Quando temos noções corretas do poder, da grandeza e da majestade de Deus e da debilidade do homem, desprezamos as pretensões de sabedoria feitas pelos chamados grandes homens da Terra, os quais nada têm da nobreza do Céu em seu caráter. Não há nada pelo que os homens devam ser louvados ou exaltados. Não há razão para confiar nas opiniões dos eruditos, quando eles propendem para medir as coisas divinas por suas próprias concepções deturpadas. Os que servem a Deus são os únicos cuja opinião e exemplo é seguro seguir. O coração santificado aviva e intensifica as faculdades mentais. A viva fé em Deus comunica energia; proporciona calma e tranqüilidade de espírito, e força e nobreza de caráter. ME3 308 4 Deus pode agir acima de suas leis -- Homens de ciência pensam que com suas concepções ampliadas eles podem compreender a sabedoria de Deus, aquilo que Ele tem feito ou pode fazer. Prevalece em grande parte a idéia de que Ele é limitado e restringido por Suas próprias leis. Os homens ou negam e não fazem caso de Sua existência, ou pensam explicar tudo, até as operações de Seu Espírito no coração humano, pelas leis naturais; e não reverenciam mais o Seu nome, nem temem o Seu poder. Embora pensem que estão obtendo tudo, eles estão correndo atrás de ilusões e perdendo preciosas oportunidades para familiarizar-se com Deus. Não crêem no sobrenatural, não compreendendo que o Autor das leis naturais pode agir acima dessas leis. Negam as reivindicações de Deus e negligenciam os interesses de sua própria alma; mas a Sua existência, Seu caráter, Suas leis, são fatos que o raciocínio dos homens de maior conhecimento não pode desfazer. ME3 309 1 A pena da Inspiração descreve desta maneira o poder e a majestade de Deus: "Quem na concha de sua mão mediu as águas, e tomou a medida dos céus a palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da Terra, e pesou os montes em romana e os outeiros em balança de precisão?... Eis que as nações são consideradas por Ele como um pingo que cai dum balde, e como um grão de pó na balança; as ilhas são como um pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais para um holocausto. Todas as nações são perante Ele como coisa que não é nada; Ele as considera menos do que nada, como um vácuo. ... Ele é o que está assentado sobre a redondeza da Terra, cujos moradores são como gafanhotos; é Ele quem estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar." Isaías 40:12-22. ME3 309 2 O caráter de Deus interpretado por suas obras -- A Natureza é um poder, mas o Deus da Natureza tem poder ilimitado. Suas obras interpretam o Seu caráter. Os que O julgam pelas obras de Suas mãos, e não pelas suposições de grandes homens, verão Sua presença em tudo. Contemplam Seu sorriso na agradável luz solar, e Seu amor e cuidado pelo homem nos ricos campos do outono. Até os adornos da Terra, segundo são vistos na relva verdejante, nas belas flores de todo o matiz e nas altaneiras e variadas árvores da floresta, atestam o terno e paternal cuidado de nosso Deus e Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos. ME3 310 1 O poder do grande Deus será exercido em favor dos que O temem. Atentai para as palavras do profeta: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da Terra, nem Se cansa nem Se fatiga? Não se pode esquadrinhar o Seu entendimento. Faz forte ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." Versos 28-31. ME3 310 2 Na Palavra de Deus são formuladas muitas perguntas que os eruditos mais profundos não podem responder. É chamada a atenção para esses assuntos a fim de mostrar-nos quantas coisas há, mesmo entre os acontecimentos comuns da vida diária, que as mentes finitas, com toda a sua alardeada sabedoria, jamais poderão compreender plenamente. ME3 310 3 A ciência, um auxílio para compreender a Deus -- Todos os sistemas de filosofia inventados pelos homens levam a confusão e vergonha quando Deus não é reconhecido e honrado. Perder a fé em Deus é terrível. A prosperidade não pode ser uma grande bênção para nações ou indivíduos quando é perdida a fé em Sua Palavra. Nada é realmente grande, senão o que é eterno em suas propensões. A verdade, a justiça, a misericórdia, a pureza e o amor de Deus são imperecíveis. Quando os homens possuem essas qualidades, eles são postos em íntima relação com Deus, e são candidatos à mais alta exaltação a que pode aspirar a raça humana. Desprezarão o louvor humano e estarão acima do desapontamento, do cansaço, da contenda da língua e das disputas pela supremacia. ME3 310 4 Aquele cuja alma está imbuída do Espírito de Deus aprenderá a lição de firme confiança. Tomando a Palavra Escrita como seu conselheiro e guia, ele encontrará na ciência um auxílio para compreender a Deus, mas não ficará exaltado, até que, em sua cega presunção, seja insensato em suas idéias de Deus. -- The Signs of the Times, 13 de Março de 1884. ME3 311 1 Os preceitos e princípios da religião são os primeiros degraus na aquisição do conhecimento e constituem o próprio fundamento da verdadeira educação. O conhecimento e a ciência precisam ser vitalizados pelo Espírito de Deus, a fim de que correspondam aos mais nobres propósitos. Só o cristão pode fazer uso correto do conhecimento. A ciência, para que seja plenamente apreciada, precisa ser encarada do ponto de vista religioso. Então todos adorarão o Deus da ciência. -- Manuscrito 30, 1896. Deus, o planejador e criador ME3 311 2 Precisamos estar mais em audiência com Deus. Há necessidade de vigiar nossos próprios pensamentos. Certamente estamos vivendo entre os perigos dos últimos dias. Precisamos andar mansamente diante de Deus, com profunda humildade; pois só pessoas dessa espécie é que serão exaltadas. ME3 311 3 Oh! quão pouco o homem compreende da perfeição de Deus, de Sua onipresença unida com Seu poder onipotente! O artista humano recebe sua inteligência de Deus. Ele só pode modelar sua obra, em qualquer setor, até à perfeição, de materiais já preparados para sua obra. Em seu poder finito, não poderia criar os materiais e fazer com que servissem ao seu propósito se o Grande Planejador não estivesse diante dele, dando-lhe primeiro, em sua imaginação, os melhoramentos a serem efetuados. ME3 311 4 O Senhor Deus ordena e traz as coisas à existência. Ele foi o primeiro planejador. Não depende do homem, mas solicita bondosamente sua atenção e coopera com ele em projetos progressivos e mais elevados. Então o homem toma toda a glória para si, e é enaltecido pelos semelhantes como um notável gênio. Ele não olha acima do homem. A causa primordial é olvidada. ... ME3 311 5 Infelizmente, temos idéias demasiado vulgares e comuns. "Eis que os céus, e até o Céu dos céus, não Te podem conter." Que ninguém se aventure a limitar o poder do Santo de Israel. Há conjecturas e perguntas acerca da obra de Deus. "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa." Sim, os anjos são os ministros de Deus na Terra, fazendo Sua vontade. ME3 312 1 Todas as coisas surgiram perante Ele ao seu comando -- Na formação de nosso mundo, Deus não dependia de substância ou matéria preexistente. Ao contrário, todas as coisas, materiais e espirituais, surgiram perante o Senhor Jeová ao Seu comando, e foram criadas para o Seu próprio desígnio. Os céus e todas as suas hostes, a Terra e tudo quanto nela há, são não somente obra de Suas mãos; vieram à existência pelo sopro de Sua boca. ME3 312 2 O Senhor deu evidências de que pelo Seu poder podia em uma breve hora dissolver toda a estrutura da Natureza. Ele pode transtornar as coisas e destruir aquilo que o homem erigiu da maneira mais firme e sólida. Ele "remove os montes,... na Sua ira os transtorna". "Move a Terra para fora do seu lugar, cujas colunas estremecem." "As colunas do céu tremem, e se espantam da Sua ameaça." -- Manuscrito 127, 1897. ------------------------Capítulo 39 -- Perguntas a respeito dos salvos Os filhos de pais descrentes serão salvos? ME3 313 1 Conversei com o Pastor [J. G.] Matteson a respeito de se os filhos de pais descrentes serão salvos. Relatei que uma irmã me fizera esta pergunta com grande ansiedade, declarando que alguns lhe haviam dito que os filhinhos de pais descrentes não seriam salvos. ME3 313 2 Devemos considerar isto como uma das questões sobre as quais não estamos em liberdade de expressar uma posição ou uma opinião, pela simples razão de que Deus não nos falou definidamente sobre este assunto em Sua Palavra. Se Ele achasse ser essencial que o soubéssemos, no-lo teria informado claramente. ME3 313 3 As coisas que Ele revelou são para nós e para nossos filhos. Há coisas que não compreendemos agora. Desconhecemos muitas coisas que são reveladas claramente. Quando se houverem esgotado esses assuntos que têm íntima relação com nosso bem-estar eterno, haverá tempo suficiente para considerar alguns desses pontos com que alguns estão, desnecessariamente, perturbando a mente. ME3 313 4 Filhos de pais que são crentes -- sei que alguns têm perguntado se os filhinhos, mesmo de pais que crêem, hão de ser salvos, pois não tiveram nenhuma prova de caráter, e todos precisam ser provados, e seu caráter tem de ser determinado pela prova. É feita a pergunta: "Como podem as criancinhas ter este teste e prova?" Respondo que a fé dos pais que crêem protege os filhos, como sucedeu quando Deus enviou Seus juízos sobre os primogênitos dos egípcios. ME3 314 1 A palavra de Deus veio aos israelitas na servidão, para que reunissem seus filhos em suas casas e assinalassem as ombreiras das portas de suas casas com o sangue de um cordeiro imolado. Isto prefigurava a morte do Filho de Deus e a eficácia de Seu sangue, o qual foi derramado pela salvação do pecador. Era um sinal de que a família aceitava a Cristo como o Redentor prometido. Ela era protegida contra o poder do destruidor. Os pais evidenciavam sua fé obedecendo implicitamente às instruções que lhes foram dadas, e a fé dos pais protegia a eles mesmos e a seus filhos. Eles manifestavam sua fé em Jesus, o grande Sacrifício, cujo sangue era prefigurado no cordeiro imolado. O anjo destruidor passava por toda casa que continha esse sinal. Isto é um símbolo para mostrar que a fé dos pais se estende a seus filhos e os protege do anjo destruidor. ME3 314 2 Deus enviou uma palavra de conforto para as desoladas mães de Belém; a saber, que as Raquéis que choravam veriam seus filhos retornar da terra do inimigo. Cristo tomou as criancinhas em Seus braços, abençoou-as, e repreendeu os discípulos que queriam mandar as mães embora, dizendo: "Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus." Mateus 19:14. ME3 314 3 Cristo abençoava as crianças conduzidas a Ele por mães fiéis. Ele fará isto agora se as mães cumprirem seu dever para com os seus filhos, ensinando-os e educando-os em obediência e submissão. Então eles suportarão a prova e serão obedientes à vontade de Deus, pois os pais estão em lugar de Deus para seus filhos. ME3 314 4 Filhos insubordinados de pais adventistas -- Alguns pais permitem que Satanás lhes dirija os filhos, e seus filhos não são reprimidos, mas permite-se que tenham mau temperamento, e sejam irascíveis, egoístas e desobedientes. Se eles morressem, esses filhos não seriam levados para o Céu. O procedimento dos pais está determinando o bem-estar futuro de seus filhos. Se permitem que sejam desobedientes e irascíveis, estão deixando que Satanás tome conta deles e opere por seu intermédio como apraz a sua majestade satânica, e essas crianças, que nunca foram educadas para obediência e para belos traços de caráter, não serão levadas para o Céu, pois o mesmo temperamento e disposição seria revelado nelas. ME3 315 1 Eu disse ao irmão Matteson: "Não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto, e convém que o deixemos onde Deus o deixou e que nos demoremos em assuntos elucidados em Sua Palavra." ME3 315 2 Este é um assunto muito delicado. Muitos pais descrentes dirigem seus filhos com maior sabedoria do que muitos dos que pretendem ser filhos de Deus. Eles fazem grande esforço por seus filhos, a fim de torná-los bondosos, corteses, altruístas, e para ensiná-los a obedecer, e neste sentido os descrentes manifestam maior sabedoria do que os pais que possuem a grande luz da verdade, mas cujas obras não correspondem absolutamente com sua fé. ME3 315 3 Haverá um número certo? -- Outra questão sobre a qual conversamos um pouco foi a respeito dos eleitos de Deus -- que o Senhor teria um número certo, e quando esse número se completasse, cessaria o tempo da graça. Estas são questões sobre as quais vós, ou eu, não temos o direito de falar. O Senhor Jesus receberá a todos os que vierem ter com Ele. Morreu pelos injustos, e toda pessoa que quiser vir, poderá fazê-lo. ME3 315 4 Certas condições precisam ser aceitas por parte do homem, e se ele recusar aceitá-las, não poderá tornar-se o eleito de Deus. Se concordar com essas condições, é um filho de Deus, e Cristo declara que se ele prosseguir na fidelidade, sendo firme e inabalável em sua obediência, não lhe riscará o nome do livro da vida, mas confessará o seu nome diante de Seu Pai e diante de Seus anjos. Deus quer que pensemos e falemos sobre as verdades que são claramente reveladas, e que as apresentemos aos outros, e todos não têm nada que ver com esses assuntos de especulação, pois eles não têm nenhuma relação especial com a salvação de nossa alma. -- Manuscrito 26, 1885. Os ressuscitados reconhecerão um ao outro? ME3 316 1 O maior dom de Deus é Cristo, cuja vida é nossa, pois nos foi dada. Ele morreu por nós, e ressuscitou em nosso favor, a fim de que pudéssemos sair da sepultura para um glorioso companheirismo com os anjos celestiais, encontrar-nos com nossos entes queridos e reconhecer-lhes a fisionomia, pois a semelhança com Cristo não destrói sua imagem, mas a transforma à gloriosa imagem dEle. Todos os santos ligados aqui por laços familiares conhecerão ali uns aos outros. ME3 316 2 Quando formos redimidos, a Bíblia será compreendida num sentido mais elevado, amplo e claro do que sucede agora. O véu que pende entre a mortalidade e a imortalidade será arrancado. Veremos Sua face. -- Carta 79, 1898. ------------------------Capítulo 40 -- A questão da linha internacional de datas O Sábado foi feito para um mundo esférico ME3 317 1 Deus descansou no sétimo dia e separou-o para que o homem o observasse em homenagem à Sua criação dos céus e da Terra em seis dias literais. Ele abençoou e santificou o dia de repouso. Quando os homens são muito meticulosos em pesquisar e cavar para informar-se a respeito do exato período de tempo, devemos dizer: Deus fez o Seu sábado para um mundo esférico; e quando o sétimo dia chega para nós nesse mundo arredondado, controlado pelo Sol que governa o dia, em todos os países e regiões é o tempo para observar o sábado. Nos países em que não há pôr-do-sol durante meses, e em que também não há nascer do Sol durante meses, o período será calculado pelos registros mantidos. ... ME3 317 2 O Senhor aceita toda a obediência de cada criatura que Ele fez, de acordo com as circunstâncias do tempo no mundo caracterizado pelo nascer e pelo pôr-do-sol. ... O sábado foi feito para um mundo esférico, sendo, portanto, requerida obediência das pessoas em perfeita harmonia com o mundo criado pelo Senhor. -- Carta 167, 1900. O problema dos fusos horários ME3 317 3 A irmã T. esteve me falando a seu respeito. Ela diz que você está em confusão sobre os fusos horários. Pois bem, minha querida irmã, essa conversa a respeito dos fusos horários é somente algo que Satanás inventou como uma cilada. Ele procura fascinar os sentidos, como faz ao dizer: "Eis aqui o Cristo! ou: Ei-Lo ali!" Haverá toda sorte de ficção e artifícios de Satanás para desviar as pessoas, mas a ordem é: "Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que Ele está no deserto! não saiais: Ei-Lo no interior da casa! não acrediteis." Mateus 24:23-26. ME3 318 1 O Sábado do sétimo dia não foi deixado na incerteza -- Temos a positiva ordem de Deus a respeito do sábado citação de Êxodo 31:12-18. ME3 318 2 É possível que seja reunida tanta importância em torno dos que observam o sábado, e, contudo, ninguém possa dizer quando começa o sábado? Onde está, então, o povo que tem a insígnia ou o sinal de Deus? Qual é o sinal? O sábado do sétimo dia, que o Senhor abençoou e santificou e declarou ser santo, com grandes penalidades por sua violação. ME3 318 3 O sábado do sétimo dia não está envolto em incerteza. É o memorial de Deus de Sua obra de criação. Foi estabelecido como monumento comemorativo dado pelo Céu, para que fosse observado como sinal de obediência. Deus escreveu toda a lei com o Seu dedo em duas tábuas de pedra. ... ME3 318 4 Pois bem, minha irmã,... escrevo... para dizer-lhe que não devemos dar o menor crédito à teoria dos fusos horários. Ela é uma cilada de Satanás apresentada por seus agentes para confundir a mente. Você percebe como é totalmente impossível que o mundo esteja certo observando o domingo e que o povo remanescente de Deus esteja completamente errado. Essa teoria dos fusos horários faria de toda a nossa história durante os últimos cinqüenta e cinco anos uma completa falácia. Nós sabemos, porém, onde estamos. ... ME3 318 5 Permanecer firmemente ao lado de nossa bandeira -- Minha irmã, não permita que sua fé esmoreça. Devemos permanecer firmemente ao lado de nossa bandeira, os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Todos os que conservarem firme até o fim a confiança que tiveram desde o princípio guardarão o sábado do sétimo dia, o qual chega até nós da maneira assinalada pelo Sol. A falácia dos fusos horários é uma armadilha de Satanás para desanimar. Sei o que estou dizendo. Tenha fé em Deus. Brilhe onde você está, como uma pedra viva no edifício de Deus. ME3 319 1 Os filhos de Deus serão triunfantes. Eles serão vencedores, e mais do que vencedores, sobre todos os elementos oponentes e perseguidores. Não tema. Pelo poder da verdade bíblica e do amor exemplificados na cruz, e inculcados pelo Espírito Santo, alcançaremos a vitória. Toda a batalha diante de nós gira em torno da observância do verdadeiro sábado de Jeová. ... ME3 319 2 Não posso escrever mais agora, mas digo: Não dê ouvido à heresia. Apegue-se a um claro "Assim diz o Senhor". Ele a confortará e abençoará, e lhe dará alegria no coração. Louve ao Senhor porque temos brilhante luz e uma mensagem clara e distinta para ser transmitida. -- Carta 118, 1900. ------------------------Capítulo 41 -- E apropriado ter monumentos comemorativos? Monumentos para lembrar-nos de nossa história ME3 320 1 Quando Israel obteve vitórias especiais depois de sair do Egito, foram preservados monumentos comemorativos dessas vitórias. Moisés e Josué receberam ordens de Deus para fazer isso, para erigir monumentos. Quando os israelitas alcançaram uma vitória especial sobre os filisteus, Samuel levantou uma pedra comemorativa e lhe chamou Ebenézer, dizendo: "Até aqui nos ajudou o Senhor." 1 Samuel 7:12. ME3 320 2 Oh! como um povo, onde estão nossas pedras comemorativas? Onde são erigidas nossas colunas monumentais com letras esculpidas expressando a preciosa história do que Deus tem feito por nós, em nossa experiência? Não podemos, em vista do passado, encarar novas provações e crescentes perplexidades -- e mesmo aflições, privações e perdas -- sem ficar desalentados, mas olhar para o passado e dizer: "'Até aqui nos ajudou o Senhor'? Entregar-Lhe-ei o cuidado de minha alma como a um fiel Criador. Ele guardará aquilo que entreguei aos Seus cuidados até aquele dia. 'A tua força será como os teus dias." -- Manuscrito 22, 1889. Apelo para lembrar-se dos dias anteriores ME3 320 3 O procedimento de Deus com Seu povo deve ser recordado freqüentemente. Como são amiudadas as provas de Sua providência com o Israel antigo! Para que este não esquecesse a história do passado, Deus ordenou a Moisés que pusesse esses acontecimentos num hino, para que os pais pudessem ensiná-los aos filhos. Deveriam coligir memórias e conservá-las bem visíveis, para que, quando os filhos perguntassem a respeito, toda a história pudesse ser-lhes repetida. Deste modo, o procedimento providencial de Deus para com Seu povo, Sua bondade, misericórdia e cuidado, deveriam ser conservados na lembrança. Somos exortados a lembrar-nos "dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos". Hebreus 10:32. Como um Deus milagroso, o Senhor tem atuado em favor de Seu povo nesta geração. A história passada desta causa deve ser muitas vezes repetida ao povo, tanto aos velhos como aos moços. Necessitamos rememorar freqüentemente a bondade do Senhor e louvá-Lo pelas Suas maravilhosas obras. -- Testimonies for the Church 6:364, 365. ------------------------Capítulo 42 -- Alugar nossas igrejas para outras denominações ME3 322 1 Há uma semana do último sábado, cumpri um compromisso para falar na igreja em São Francisco. Tivemos uma excelente reunião. Parecia haver ardente desejo de ouvir e interesse nas palavras proferidas. ME3 322 2 Esta é a primeira vez que falei na igreja de São Francisco desde muito antes do terremoto e do incêndio. O prédio estava em muito melhor condição do que eu esperava encontrá-lo. A sala de reuniões é grande e bem conservada. Sobre a plataforma e na frente, o soalho é atapetado com um tapete vermelho, de Bruxelas. O tapete é bem preservado e mantido em bom aspecto. O púlpito é bem arrumado. ME3 322 3 Seu avô e eu fomos aqueles que elaboraram os planos para a ereção deste edifício. Alguns outros se uniram conosco, e todos trabalhamos juntos da melhor maneira que podíamos. ME3 322 4 Há grandes janelas de vidro colorido, que ajudam a dar uma boa aparência. O batistério é muito bonito. A parede atrás do púlpito se revolve sobre dobradiças, expondo assim o batistério perante o auditório. Não posso expressar minha gratidão pelo fato de o Senhor haver preservado esta grande casa de culto durante o terremoto e o incêndio. Nós, agora, a apreciamos muitíssimo. ME3 322 5 A igreja está alugada aos presbiterianos, para cultos aos domingos. Isto às vezes é um pouco inconveniente para nós, mas como sua casa de culto foi destruída, eles se sentem muito agradecidos pelo privilégio de usar a nossa. ME3 323 1 Nalgumas das salas inferiores são realizados trabalhos assistenciais, e há salas de tratamento bem equipadas. O trabalho que é efetuado aqui tem sido uma bênção para muitos, especialmente depois do incêndio. -- Carta 18a, 1906. ------------------------Capítulo 43 -- Sentimentos de desânimo Ellen White tinha sentimentos desalentadores ME3 324 1 Você me pergunta por que acorda de noite e se sente envolto em trevas. Muitas vezes eu também sinto a mesma coisa; mas estes sentimentos de desânimo não constituem uma evidência de que Deus abandonou a você ou a mim. ... Sentimentos sombrios não constituem uma evidência de que as promessas de Deus são ineficazes. ME3 324 2 Você olha para os seus sentimentos, e visto que nem todas as suas perspectivas são brilhantes, começa a puxar o manto da opressão para mais perto de sua alma. Olha para dentro de si mesmo e pensa que Deus o está abandonando. Deve olhar para Cristo. ... ME3 324 3 Entrando em comunhão com o nosso Salvador, penetramos na região da paz. Precisamos fazer constante uso da fé, e confiar em Deus, sejam quais forem os nossos sentimentos. ... Devemos ter bom ânimo, sabendo que Cristo venceu o mundo. Teremos tribulações no mundo, mas paz em Jesus Cristo. Meu irmão, desvie os olhos do íntimo, e olhe para Jesus, o qual é o seu único ajudador. -- Carta 26, 1895. Conselhos para uma irmã desalentada ME3 324 4 Em minha experiência cristã, passei pelo terreno que você está percorrendo agora. Parecia que eu estava presa em correntes de desespero. Quando era bem nova, com apenas uns doze anos de idade, durante alguns meses senti-me completamente desamparada. Mas o Senhor não permitiu que eu permanecesse nessa condição. Atraiu-me por Sua misericórdia e graça, e conduziu-me para a luz. Ele a ajudará. ME3 325 1 Desvia o olhar de si mesma. Não pense ou fale em si mesma. Não poderá salvar-se por alguma boa obra que venha a praticar. O Senhor Jesus não fez de você uma portadora de pecados. Ele não conseguiu encontrar algum ser humano ou angélico que pudesse ser um portador de pecados. Ele diz: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Você não crê nas palavras de Cristo? Ele lhe ordena: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." ME3 325 2 Pense no Salvador. Coloque os seus pecados, tanto os de omissão como os de comissão, sobre o Portador dos pecados. Você sabe que ama o Senhor; não dissipe, portanto, sua vida preocupando-se porque Satanás a aflige com suas falsidades. Creia que Jesus quer perdoar e perdoa suas transgressões. Ele levou os pecados do mundo inteiro. Gosta que a alma débil e perturbada vá ter com Ele e confie em Sua Pessoa. Busque a Deus com singela fé, dizendo: "Eu creio; ajuda-me na minha falta de fé." ME3 325 3 Anjos atendem a almas confiantes -- O Senhor não rejeita com facilidade a Seus filhos que erram. Lida pacientemente com eles. Seus anjos atendem a toda alma crente e confiante. Pois bem, quando ler estas palavras, creia que o Senhor a aceita assim como está, errante e pecaminosa. Ele sabe que você não pode apagar um só pecado; sabe que o Seu precioso sangue, derramado pelo pecador, torna aquele que se acha perturbado, preocupado e perplexo, um filho de Deus. ME3 325 4 A Palavra de Deus é como um jardim repleto de belas flores perfumosas. Minha irmã, não quer colher as flores, as rosas, os lírios e os cravos de Suas promessas? Descanse em Seu amor. Nenhuma língua pode expressar e nenhuma mente finita pode imaginar a magnitude e a riqueza de Suas promessas para tais almas tão débeis e trementes como você. Singela fé e confiança é sua parte; o Senhor nunca deixará de cumprir a parte que Lhe corresponde. Pela fé, aproxime-se do precioso Portador de pecados, e apegue-se então a Ele pela fé. Não se preocupe; isso não ajudará a resolver a questão. Creia que Cristo mesmo repreende o inimigo, e que este não terá mais domínio sobre você. Creia que Satanás foi repreendido. Quando o inimigo vier como uma torrente impetuosa, o Espírito do Senhor arvorará um estandarte contra ele, por amor de você. ME3 326 1 Agarre a Jesus e não o largue -- Recomendo-lhe novamente que desvie o olhar de si mesma. Apegue-se ao Onipotente, e não O largue. Nosso Senhor Jesus expressou Seu amor por você dando Sua própria vida para que pudesse ser salva; não deve duvidar desse amor. Não olhe para o lado sombrio. Seja esperançosa em Deus. Contemplando a Jesus como o Salvador que lhe perdoa os pecados, você é transformada à Sua imagem. Diga: "Recorri a meu Salvador; Ele libertou-me e realmente estou livre. Sou do Senhor, e o Senhor é meu. Não temerei. Sei que Ele me ama em minhas debilidades, e não O entristecerei demonstrando que duvido dEle. Rompo com o inimigo. Cristo cortou as cordas que me prendiam, e louvarei ao Senhor." ME3 326 2 Assim você pode educar e fortalecer sua mente. Que o Senhor a ajude e abençoe em todos os momentos. Seja livre; sim, seja livre no Senhor agora mesmo. Regozije-se em sua liberdade. -- Carta 36, 1900. Olhar além das sombras ME3 326 3 Jesus vive; Ele ressurgiu, Ele ressuscitou, e está vivo para todo o sempre. Não pense que você está levando o fardo. É verdade que você suporta o jugo, mas com quem está jungido? -- com nada menos do que o seu Redentor. Satanás lançará sua sombra infernal no seu caminho; você não pode esperar outra coisa; mas ele lançou a mesma e escura sombra no caminho de Cristo. Agora tudo que terá de fazer é olhar além da sombra, para o fulgor de Cristo. ... Não olhe para os motivos de desânimo; pense sobre quão precioso é Jesus. ME3 327 1 Sua memória será renovada pelo Espírito Santo. Pode esquecer o que Jesus tem feito por você?... Você foi afastada de si mesma; seus mais profundos e agradáveis pensamentos eram sobre o seu precioso Salvador, Seu cuidado, Sua segurança, Seu amor. Como os seus desejos convergiam para Ele! ME3 327 2 Todas as suas esperanças baseavam-se nEle, todas as suas expectativas estavam relacionadas com Ele. Pois bem, Ele ainda a ama; possui o bálsamo que pode curar toda ferida, e você pode descansar nEle. ... ME3 327 3 O Consolador será para você tudo que deseja. Será imbuída do Espírito e da importância da mensagem e da obra. Sei que o Senhor está disposto a revelar-lhe maravilhosas coisas de Sua lei. Oh! reconheçam todos que você tem estado com Jesus. -- Carta 30a, 1892. ME3 327 4 Volte-se para a luz, -- Não permitirei que minha mente se demore no lado sombrio. Jesus tem luz e conforto, esperança e alegria para mim. Quero volver-me para a luz, de modo que o resplendor do Sol da Justiça incida sobre o meu coração e seja refletido para os outros. O dever de todo cristão é brilhar -- difundir a luz da graça comunicada por Cristo. Deus quer que eu O louve, mesmo em minha dor, mostrando que compreendo que Sua presença está comigo. Citação de Romanos 5:1; 1 João 5:11. -- Manuscrito 19, 1892. ------------------------Capítulo 44 -- Luz específica sobre fruticultura Ellen G. White instruída sobre a plantação de árvores frutíferas ME3 328 1 Enquanto estávamos na Austrália, adotamos o... sistema... de cavar valas bem fundas e enchê-las com estrume que produzisse bom solo. Fizemos isto no cultivo de tomates, laranjas, limões, pêssegos e uvas. ME3 328 2 O homem do qual adquiri os nossos pessegueiros me disse que gostaria que eu observasse a maneira como eles eram plantados. Pedi então que ele me permitisse mostrar-lhe como deviam ser plantados, segundo me fora revelado durante a noite. Ordenei que meu empregado fizesse uma profunda cavidade no solo, e então pusesse nela fértil lixo, depois pedras, e mais lixo. Depois disso ele pôs camadas de terra e estrume, até encher o buraco. Eu disse ao viveirista que havia plantado dessa maneira no solo rochoso da América. Convidei-o a visitar-me quando os frutos estivessem maduros. Ele disse-me: "A senhora não precisa que eu lhe ensine como plantar as árvores." ME3 328 3 Nossa plantação foi muito bem-sucedida. Os pêssegos eram os de colorido mais belo e de sabor mais delicioso que já provei. Cultivamos os grandes pêssegos amarelos Crawford e outras variedades, uvas, damascos, nectarinas e ameixas. -- Carta 350, 1907. A pulverização de árvores frutíferas ME3 329 1 Há os que dizem que não se deve matar nada, nem mesmo os insetos. Deus não confiou tal mensagem a Seu povo. É possível estender a ordem "Não matarás" a qualquer ponto; mas fazer isto não está de acordo com o são raciocínio. Os que o fazem não aprenderam na escola de Cristo. ME3 329 2 A Terra foi amaldiçoada devido ao pecado, e nestes últimos dias multiplicar-se-ão insetos de toda espécie. Essas pragas precisam ser mortas, senão elas irão incomodar-nos e afligir-nos, e até matar-nos, e destruir a obra de nossas mãos e o fruto de nossa terra. Nalguns lugares há cupins que destroem inteiramente o madeiramento das casas. Não devem ser destruídos? As árvores frutíferas precisam ser pulverizadas, para que sejam mortos os insetos que estragariam as frutas. Deus nos deu uma parte para desempenhar, e devemos desempenhá-la com fidelidade. Então podemos deixar o resto com o Senhor. ME3 329 3 Deus não deu a algum homem a mensagem: Não matem formigas, pulgas ou traças. Precisamos tomar precauções contra insetos e répteis molestos e nocivos, e destruí-los, a fim de proteger a nós mesmos e a nossas posses de algum dano. E mesmo que façamos tudo que estiver ao nosso alcance para exterminar essas pragas, elas ainda se multiplicarão. -- Manuscrito 70, 1901; The Review and Herald, 31 de Agosto de 1961. ------------------------Capítulo 45 -- Conselho equilibrado sobre tirar retratos e idolatria ME3 330 1 É difícil para homens e mulheres estabelecer os limites na questão de tirar retratos. Alguns têm feito uma investida contra gravuras, daguerreótipos [fotografias] e figuras de toda a espécie. Tudo isso precisa ser queimado -- dizem eles, insistindo que a confecção de todas as figuras é proibida pelo segundo mandamento; pois são um ídolo. ME3 330 2 Um ídolo é qualquer coisa que os seres humanos amam e em que confiam, em vez de amar o Senhor, seu Criador, e confiar nEle. Qualquer coisa terrestre que os homens desejam e em que confiam como tendo poder para ajudá-los e lhes fazer bem, desvia-os de Deus e é um ídolo para eles. Tudo que divide as afeições ou arrebata da alma o supremo amor de Deus ou se interpõe para evitar a ilimitada e inteira confiança em Deus, assume o caráter e toma a forma de um ídolo no templo da alma. ME3 330 3 O primeiro grande mandamento, é: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento." Mateus 22:37. Aí não é admitida nenhuma separação entre as afeições e Deus. Lemos em 1 João 2:15-17: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." Agora, se as figuras têm a tendência de separar de Deus as afeições e são adoradas em lugar de Deus, elas constituem ídolos. Têm os que pretendem ser seguidores de Jesus Cristo exaltado essas coisas acima de Deus e dedicado suas afeições a elas? Tem seu amor por tesouros ocupado em seu coração o lugar que Jesus devia ocupar? ME3 331 1 Será que os que queimaram todos os seus retratos de amigos e todas as espécies de figuras que possuíam atingiram mais alto estado de consagração por este ato, e parecem ser enobrecidos e elevados nas palavras, na conduta e na alma, e mais voltados para as coisas espirituais? É sua experiência mais rica do que antes? Oram mais e crêem com uma fé mais perfeita depois desse sacrifício consumidor efetuado por eles? Subiram ao monte? Será que o fogo sagrado foi ateado em seu coração, ocasionando novo zelo e maior devoção a Deus e Sua obra do que antes? Uma brasa viva tirada do altar de sacrifício tocou-lhes o coração e os lábios? Pelos seus frutos podeis reconhecer o caráter da obra. -- Manuscrito 50, 1886. ------------------------Capítulo 46 -- Música e o diretor de música Cantar afasta os poderes das trevas ME3 332 1 Vi que diariamente devemos estar levantando e mantendo a supremacia sobre os poderes das trevas. Nosso Deus é poderoso. Vi que cantar para a glória de Deus freqüentemente afastava o inimigo, e que louvar a Deus o derrotava e nos concedia a vitória. -- Manuscrito 5, 1850. Mundanidade no setor musical ME3 332 2 Não é seguro para os obreiros do Senhor tomarem parte em divertimentos mundanos. A associação com as coisas do mundo no setor musical é considerado inofensivo por alguns observadores do sábado. Tais pessoas estão, porém, em terreno perigoso. É assim que Satanás procura desviar homens e mulheres, e dessa maneira tem ganho o controle de almas. Tão suave, tão plausível é o trabalho do inimigo que não se suspeita dos seus ardis, e muitos membros de igreja tornam-se mais amigos dos prazeres que amigos de Deus. -- Manuscrito 82, 1900. ME3 332 3 Foi-me mostrado o caso do irmão U. -- que ele seria um peso à igreja, a não ser que entrasse numa relação mais íntima com Deus. Ele é convencido. Sente-se ofendido se alguém questiona as suas ações. Se achar que um outro foi escolhido antes dele, sente-se injustiçado. ... ME3 333 1 O irmão U. tem bom conhecimento de música, mas a sua educação musical é de tal índole que se adapta mais ao palco de um teatro do que à solene adoração de Deus. Numa reunião religiosa, o ato de cantar é tanto uma adoração a Deus como o ato de pregar, e qualquer excentricidade ou traço de caráter esquisito chama a atenção das pessoas e destrói a séria e solene impressão que deve ser o resultado da música sacra. Qualquer coisa estranha e excêntrica no canto diminui a seriedade e o caráter sagrado do serviço religioso. ME3 333 2 Música elevada, solene e impressiva -- A movimentação física no cantar é de pouco proveito. Tudo que de algum modo está ligado com o culto religioso deve ser elevado, solene e impressivo. Deus não Se agrada quando pastores que professam ser representantes de Cristo, O representam mal quando movimentam o corpo em certas atitudes, fazendo gestos indignos e rudes. Tudo isso diverte, e estimula a curiosidade daqueles que desejam ver coisas estranhas, grotescas e excitantes, mas essas coisas não elevarão a mente e o coração daqueles que as presenciam. ME3 333 3 Pode-se dizer a mesma coisa sobre o canto. Você assume atitudes indignas. Usa todo o poder e volume de voz que lhe é possível. Abafa a melodia e as notas mais musicais de outros cantores. Essa movimentação física e a voz áspera e estridente não trazem nenhuma melodia para aqueles que a ouvem na Terra e também no Céu. Essa maneira de cantar é defeituosa, e não é aceitável a Deus como acordes musicais perfeitos, suaves e melodiosos. Entre os anjos não há tais exibições musicais como as que tenho visto algumas vezes em nossas reuniões. Notas ásperas e gesticulações exageradas não são exibidas entre os componentes do coro angelical. O cântico deles não irrita os ouvidos. É macio e melodioso, e ocorre sem esse grande esforço que tenho testemunhado. Não é algo forçado que requer muito esforço físico. ME3 333 4 Sentimentos não tocados, corações não subjugados -- O irmão U. não está ciente de quantas pessoas ele tem desviado de assuntos sérios, e outras tantas a quem tem desgostado. Ao ver seus movimentos rudes no cantar, alguns não conseguem reprimir pensamentos não santificados e sentimentos de leviandade. O irmão U. gosta de exibir-se. Seu canto não exerce uma influência que enterneça o coração e comova os sentimentos. Muitos têm assistido às reuniões e ouvido as palavras da verdade proferidas do púlpito, as quais têm convencido e elevado seu espírito; muitas vezes, porém, a maneira pela qual o canto é conduzido não aprofunda a impressão causada. As exibições e contorções, e a desagradável aparência do esforço exagerado, têm estado tão fora de lugar na casa de Deus e sido tão cômicas que as impressões sérias causadas sobre as mentes são apagadas. O canto conduzido dessa maneira desestimula aqueles que estão crendo na verdade. ME3 334 1 Tudo "de acordo com a sua vontade" -- O caso do irmão U. é difícil de ser resolvido. Ele é como uma criança indisciplinada e mal-educada. Quando se questiona a sua maneira de agir, em vez de aceitar a admoestação como uma bênção, ele permite que os seus sentimentos tomem conta da razão, e fica desanimado e não quer fazer nada. Se não puder fazer tudo como deseja, segundo sua própria vontade, ele não quer participar em coisa alguma. Não tem-se esforçado diligentemente para reformar suas maneiras, mas entrega-se a sentimentos obstinados que dele separam os anjos bons e convidam os anjos maus para estarem ao seu redor. A verdade de Deus recebida no coração exerce sua influência refinadora e santificadora na vida. ME3 334 2 O irmão U. pensa que cantar é a coisa mais importante neste mundo e que ele tem uma maneira todo-especial de fazê-lo. ME3 334 3 O seu canto está longe de agradar ao coro celestial. Imagine-se no meio do grupo angelical, elevando os ombros, enfatizando as palavras, movimentando o corpo e empregando todo o volume de sua voz. Que espécie de concerto e harmonia haveria com uma tal exibição diante dos anjos? ME3 334 4 O poder da música -- A música é de origem celestial. Há grande poder na música. Foi a música da hoste angelical que fez vibrar o coração dos pastores nas planícies de Belém e envolveu o mundo todo. É através da música que os nossos louvores se erguem Àquele que é a personificação da pureza e harmonia. É com música e cânticos de vitória que os redimidos finalmente tomarão posse da recompensa imortal. ME3 335 1 Há algo especialmente sagrado na voz humana. Sua harmonia e seu sentimento subjugado e inspirado pelo Céu supera todo instrumento musical. A música vocal é um dos dons de Deus aos homens, um instrumento que não pode ser sobrepujado ou igualado quando o amor de Deus inunda a alma. Cantar com o espírito e com o entendimento também é um grande auxílio aos serviços devocionais na casa de Deus. ME3 335 2 Como este dom tem sido aviltado! Se fosse santificado e refinado, poderia realizar grande bem, derrubando as barreiras do preconceito e da descrença empedernida e sendo um meio de converter almas. Não é suficiente ter noções elementares do canto, mas com o entendimento, com o conhecimento, deve-se ter tal ligação com o Céu que os anjos possam cantar por nosso intermédio. ME3 335 3 Abafando os sons melodiosos e aveludados -- Sua voz na igreja tem sido ouvida tão alto, tão áspera, e acompanhada ou destacada com gesticulações não muito graciosas, que os sons mais melodiosos e aveludados, à semelhança da música angelical, não podem ser ouvidos. Você tem cantado mais para os homens do que para Deus. Quando a sua voz, em sons fortes, se ergue acima de toda a congregação, você pensa na admiração que está causando. Na realidade, tem tão altas idéias de seu próprio canto que julga que deveria ser remunerado pelo desempenho desse dom. ME3 335 4 O amor ao louvor tem sido o principal incentivo de sua vida. Esta é uma pobre motivação para um cristão. Você gosta de ser mimado e louvado como uma criança. Precisa lutar muito contra sua própria natureza. É duro para você vencer suas tendências naturais e levar uma vida santa e abnegada. -- Manuscrito 5, 1874. ------------------------Capítulo 47 -- Trabalhar no espírito de oração ME3 336 1 Sinto intenso desejo de que esta [a Assembléia da Associação Geral de 1901] seja uma reunião que Deus possa presidir. Este é um tempo importante, um tempo muito importante. Há uma grande obra para ser realizada. Se a reunião será, porém, um sucesso depende de nós individualmente. Podemos tornar isto aqui um Céu durante esta reunião. ... ME3 336 2 Há solenes e importantes decisões a serem tomadas nesta assembléia, e Deus deseja que cada um de nós se coloque na devida relação para com Ele. Deus quer que oremos muito mais e falemos muito menos. Ele quer que conservemos as janelas da alma abertas em direção ao Céu. O limiar do Céu está inundado com a luz da glória de Deus, e o Senhor permitirá que essa luz brilhe no coração de todo aquele que nesta reunião se colocar na devida relação para com Ele. ME3 336 3 Alguns têm dito que achavam que nesta reunião vários dias deviam ser passados em oração a Deus pelo Espírito Santo, como no dia de Pentecostes. Desejo dizer-vos que as atividades que podem ser levadas avante nesta assembléia constituem tanto uma parte do serviço de Deus como a oração. A reunião de negócios deve estar tanto sob a direção do Espírito como a reunião de oração. Há o perigo de termos uma religião sentimental e impulsiva. Assumam as questões consideradas nesta assembléia um caráter tão sagrado que a hoste celestial possa aprová-lo. Devemos guardar do modo mais sagrado os aspectos comerciais de nossa obra. Todo aspecto das atividades levadas avante aqui deve estar de acordo com os princípios do Céu. ME3 337 1 Deus quer que vos coloqueis numa posição em que Ele possa soprar sobre vós o Espírito Santo, em que Cristo possa habitar no coração. Ele deseja que no começo desta reunião abandoneis todo conflito, toda contenda, toda dissensão, toda murmuração que tendes abrigado. O que necessitamos é muito mais de Cristo e nada do próprio eu. Diz o Salvador: "Sem Mim nada podeis fazer."... ME3 337 2 Chegamos a um ponto em que Deus irá operar em favor de Seu povo. Ele quer que eles sejam um povo representativo e distinto de todos os outros povos em nosso mundo. Deseja que se coloquem numa posição vantajosa porque deu Sua vida para que se encontrem ali. Não decepcioneis ao Senhor. -- Manuscrito 29, 1901. Resoluções em demasia ME3 337 3 Vossa grande quantidade de resoluções precisa ser reduzida a um terço de seu número, e deve-se ter muito cuidado com as resoluções que são tomadas. -- Carta 45, 1899. ME3 337 4 Foi-me mostrado que nossas associações estão sobrecarregadas de resoluções. A décima parte delas seria de muito maior valor do que um número mais elevado. Eu expus estas coisas com clareza, mas vós ainda insististes que a resolução fosse levada a efeito. -- Carta 22, 1889. ------------------------Capítulo 48 -- Os profetas da Bíblia escreveram para o nosso tempo ME3 338 1 Nunca estamos ausentes da mente de Deus. Ele é nossa alegria e nossa salvação. Cada um dos antigos profetas falou menos para seu próprio tempo do que para o nosso, de modo que suas profecias são de utilidade para nós. "Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." 1 Coríntios 10:11. "A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do Céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar." 1 Pedro 1:12. ME3 338 2 A Bíblia tem sido vosso livro de estudo. É bem assim, pois ela é o verdadeiro conselho de Deus e o condutor de todas as santas influências que o mundo tem contido desde a sua criação. Temos o relato animador de que Enoque andou com Deus. Se Enoque andou com Deus, naquela época degenerada pouco antes da destruição do mundo por um dilúvio, devemos cobrar ânimo e ser estimulados por seu exemplo de que não precisamos ser contaminados com o mundo; mas, entre todas as suas influências e tendências corruptoras, podemos andar com Deus. Podemos ter a mente de Cristo. Tesouros para a última geração ME3 339 1 Enoque, o sétimo depois de Adão, sempre estava profetizando a vinda do Senhor. Este grande acontecimento lhe fora revelado em visão. Abel, embora morto, está sempre falando do sangue de Cristo que, unicamente, pode tornar perfeitas nossas ofertas e dádivas. A Bíblia acumulou e juntou os seus tesouros para esta última geração. Todos os grandes acontecimentos e solenes realizações da história do Antigo Testamento estão se repetindo na Igreja nestes últimos dias. Moisés ainda está falando ali, ensinando a renúncia de si mesmo ao desejar ser riscado do Livro da Vida por causa de seus semelhantes, para que pudessem salvar-se. Davi está dirigindo a intercessão da Igreja pela salvação de almas até aos confins da Terra. Os profetas ainda estão testemunhando dos sofrimentos de Cristo e da glória que se seguiria. Ali, todas as verdades acumuladas nos são apresentadas vigorosamente, para que possamos tirar proveito de seus ensinos. Estamos sob a influência do todo. Que pessoas nos convém ser, tendo-nos sido concedida como herança toda esta rica luz? Concentrando toda a influência do passado com a nova e crescente luz do presente, maior poder é dado a todos os que seguirem a luz. Sua fé aumentará e será posta em ação no tempo presente, suscitando uma energia e um fervor intensamente ampliado e, pela confiança em Deus e Seu poder de reabastecer o mundo e enviar a luz do Sol da Justiça até os confins da Terra. ME3 339 2 Deus enriquecerá o mundo nestes últimos dias proporcionalmente com o aumento da impiedade, se o Seu povo tão-somente se apoderar do Seu dom inestimável e ligar todos os seus interesses aos dEle. Não deve haver ídolos acariciados, e não precisamos temer o que virá, mas entregar o cuidado de nossa alma a Deus, como a nosso fiel Criador. Ele guardará aquilo que for entregue aos Seus cuidados. -- Carta 74a, 1897. ------------------------Capítulo 49 -- Todos podem ter o dom de profecia? ME3 340 1 De vez em quando chegam-me informações a respeito de declarações que dizem terem sido feitas pela irmã White, mas que são inteiramente novas para mim e que não podem deixar de desorientar as pessoas no tocante a minhas autênticas visões e ensinos. Uma irmã, numa carta a seus amigos, fala com muito entusiasmo de uma declaração feita pelo irmão Jones, segundo a qual a irmã White viu que chegou o tempo em que, se mantivermos a devida relação com Deus, todos podem ter o dom de profecia do mesmo modo que aqueles que agora estão tendo visões. ME3 340 2 Onde está a autoridade para essa declaração? Tenho de crer que aquela irmã não compreendeu o irmão Jones, pois não posso conceber que ele tenha feito essa declaração. A escritora continua: "O irmão Jones disse ontem à noite que o caso não é que Deus irá falar a todos para o benefício dos demais, mas a cada um para seu próprio benefício, e isto cumprirá a profecia de Joel." Ele afirmou que isto já está acontecendo em numerosas ocasiões. ME3 340 3 Ele falou como se achasse que ninguém manteria tal posição de liderança como a irmã White tem mantido e ainda manterá. Referiu-se a Moisés como paralelo. Ele era um líder, mas muitos outros são apresentados como profetizando, embora suas profecias não fossem publicadas. Ele (o irmão Jones) não quer dar permissão para que o assunto, que tem sido lido aqui de alguma irmã, seja copiado para divulgação geral. ... ME3 341 1 Não hesito em dizer que teria sido melhor se essas idéias em relação ao ato de profetizar nunca houvessem sido expressas. Tais declarações preparam o caminho para um estado de coisas que Satanás certamente aproveitará para introduzir atividades espúrias. Há o perigo não somente de que mentes desequilibradas sejam induzidas ao fanatismo, mas também de que pessoas ardilosas se aproveitem desse excitamento para promover seus desígnios egoístas. ME3 341 2 Jesus ergueu a voz em advertência: "Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:15, 16. "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam, e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor." Jeremias 23:16. "Se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-Lo ali! não acrediteis; pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. Estais vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito." Marcos 13:21-23. -- Carta 6a, 1894. ------------------------Capítulo 50 -- Depreciando os pioneiros ME3 342 1 É possível relatar aquilo que aconteceu em conexão com a experiência passada do povo de Deus e apresentá-lo de tal modo que sua experiência assuma um aspecto ridículo e censurável. Não é correto tomar certos aspectos da obra e separá-los do grande todo. Desse modo pode ser apresentada uma mistura da verdade e do erro de que nossos inimigos se serviriam grandemente para detrimento da verdade, e para estorvar a obra e a causa de Deus. ... ME3 342 2 Não imagine nenhum de nossos irmãos que está fazendo o serviço de Deus ao apresentar as deficiências de homens que realizaram uma boa, grandiosa e aceitável obra em labutar para expor a mensagem de misericórdia a homens caídos, para a salvação de almas que perecem. Suponhamos que esses irmãos tenham débeis traços de caráter que herdaram de seus antepassados deficientes. Devem essas deficiências ser procuradas e salientadas? ME3 342 3 Devem os homens a quem Deus escolheu para efetuar a reforma contra o papado e a idolatria ser apresentados sob um aspecto objetável? O estandarte do dirigente da sinagoga de Satanás foi erguido bem alto, e o erro parece ter marchado em triunfo, e os reformadores, pela graça que lhes foi dada por Deus, travaram uma guerra bem-sucedida contra a hoste das trevas. Foram-me apresentados os acontecimentos na história dos reformadores. Sei que o Senhor Jesus e Seus anjos têm observado com intenso interesse a batalha contra o poder de Satanás, o qual combinou suas hostes com homens maus, para extinguir a luz divina, o fogo do reino de Deus. Por amor a Cristo, eles sofreram escárnio, desprezo e o ódio de homens que não conheciam a Deus. Foram difamados e perseguidos até à morte, porque não quiseram renunciar a sua fé. Se alguém se atreve a lançar mão desses homens, expondo ao mundo seus erros e faltas, lembre-se de que está lidando com Cristo na pessoa de Seus santos. ... ME3 343 1 Uma repreensão a um autor adventista -- Você tornou públicos os erros e defeitos do povo de Deus, desonrando assim a Deus e a Jesus Cristo. Eu não teria dado ao mundo, em troca do meu braço direito, o que você escreveu. Você não estava inteirado de qual seria a influência de sua obra. ... ME3 343 2 O Senhor não o incumbiu de apresentar essas coisas ao público como a história correta de nosso povo. Sua obra tornará necessário que nos demos ao trabalho de mostrar por que esses irmãos tomaram a posição extrema que tiveram de tomar, e evocar as circunstâncias que vindicam aqueles sobre os quais os seus artigos lançaram suspeita e descrédito. ME3 343 3 Uma idéia deformada -- Você não participou da antiga experiência das pessoas sobre as quais escreveu e que descansaram de seus trabalhos. Apenas deu uma idéia parcial; pois não apresentou o fato de que o poder de Deus operou em conexão com os seus trabalhos, embora eles cometessem alguns erros. Você salientou diante do mundo os erros dos irmãos, mas não destacou o fato de que Deus procurou corrigir esses erros e endireitar os aspectos censuráveis. Os oponentes se deleitarão em multiplicar o assunto que lhes foi fornecido por nosso povo. Você expôs os erros dos antigos apóstolos, os erros daqueles que eram preciosos aos olhos do Senhor nos dias de Cristo. ME3 344 1 Ao apresentar as posições extremas que foram tomadas pelos mensageiros de Deus, você acha que será inspirado confiança na obra de Deus para este tempo? Deixe que Deus, pela inspiração, trace os erros de Seu povo para sua instrução e advertência; mas não se demorem lábios e penas finitos nesses aspectos da experiência do povo de Deus que terão a tendência de confundir e anuviar a mente. Que ninguém chame a atenção para os erros daqueles cuja obra geral tem sido aceita por Deus. Os artigos que você apresentou não são de uma natureza que cause verdadeira e correta impressão a respeito de nossa obra e de nossos obreiros na mente daqueles que os lêem. ... ME3 344 2 Os filhos de Deus são muito preciosos à Sua vista, e aqueles que, pela pena ou pela voz, debilitam a influência, mesmo do menor dos que crêem em Jesus Cristo, são registrados no Céu como ofensores do próprio Senhor. "Sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Precisamos lembrar-nos de que devemos guardar cuidadosamente nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas palavras, nossas ações, para que não ofendamos e magoemos o Salvador na pessoa de Seus santos; pois Ele nos disse claramente que Se identifica com a humanidade sofredora. Nem um só dos fiéis de Deus receberá a honra de uma coroa da vida no reino da glória se não tiver passado por severos conflitos e provações. Todo aquele que vencer na corrida pela coroa imortal terá lutado legitimamente. ... ME3 344 3 Não volteis as armas contra os soldados de Cristo -- Devemos dirigir as armas de nossa peleja contra nossos adversários, mas nunca contra aqueles que estão sob as ordens de marcha do Rei dos reis e que estão travando varonilmente as batalhas do Senhor dos senhores. Que ninguém vise a um soldado a quem Deus reconhece, a quem Deus enviou para transmitir uma mensagem especial ao mundo e realizar uma obra especial. ME3 344 4 Os soldados de Cristo talvez nem sempre revelem perfeição em sua marcha, mas as suas faltas não devem suscitar, da parte de seus companheiros, palavras que debilitem, e, sim, palavras que fortaleçam e que os ajudem a recuperar o terreno perdido. Não devem converter a glória de Deus em desonra, dando uma vantagem aos piores adversários de seu Rei. ME3 345 1 Não sejam os soldados juízes severos e desarrazoados de seus companheiros, salientando ao máximo todo defeito. Não manifestem atributos satânicos, tornando-se acusadores dos irmãos. Nós mesmos seremos representados erroneamente e desfigurados pelo mundo, embora mantenhamos a verdade e vindiquemos a espezinhada lei de Deus; ninguém desonre, porém, a causa de Deus tornando público algum erro que os soldados de Cristo possam cometer, quando esse erro é visto e corrigido por aqueles que adotaram alguma posição falsa. ... ME3 345 2 Deus responsabilizará aqueles que expõem insensatamente as faltas de seus irmãos por um pecado de maior magnitude do que responsabilizará aquele que dá um passo errado. A crítica e a condenação dos irmãos são consideradas como crítica e condenação de Cristo. -- Carta 48, 1894. Maior luz impõe maior responsabilidade ME3 345 3 Neste tempo temos sido favorecidos com crescente luz e maiores oportunidades, e somos considerados responsáveis pelo aproveitamento da luz. Isto será manifestado por crescente piedade e devoção. Nossa lealdade a Deus deve ser proporcional à luz que incide sobre nós nesta época. ME3 345 4 O fato de que temos maior luz não justifica, porém, que dissequemos e julguemos o caráter de homens a quem Deus levantou em tempos anteriores para que realizassem certa obra e penetrassem as trevas morais do mundo. ME3 345 5 No passado, os servos de Deus lutaram com principados e potestades, com os dominadores deste mundo tenebroso, e com as forças espirituais do mal, nas regiões celestes, assim como nós, que erguemos o estandarte da verdade, fazemos hoje em dia. Tais homens foram os nobres de Deus, Seus instrumentos vivos, por cujo intermédio Ele operou de maneira maravilhosa. Eles eram depositários da verdade divina até o ponto em que o Senhor achou conveniente revelar a verdade que o mundo suportasse ouvir. Proclamaram a verdade num tempo em que a religião falsa e corrupta estava engrandecendo a si mesma no mundo. ME3 346 1 Não uma ocasião para depreciar o caráter ou desculpar o pecado -- Quisera que fosse afastada a cortina e que aqueles que não têm discernimento espiritual pudessem ver esses homens como eles se apresentam à vista de Deus; pois os vêem agora como árvores que andam. Não dariam então sua interpretação humana à experiência e às obras desses homens que afastaram as trevas e prepararam o caminho para as gerações futuras. ME3 346 2 Subsistindo em nossa própria geração, talvez pronunciemos juízo sobre os homens a quem Deus levantou para fazer uma obra especial de acordo com a luz que lhes foi dada em seu tempo. Conquanto tenham sido dominados pela tentação, eles se arrependeram de seus pecados; e não nos é deixada nenhuma oportunidade para depreciar o seu caráter ou para desculpar o pecado. Sua história é um sinal de advertência para nós, e indica um caminho seguro para os nossos pés, se tão-somente evitarmos os seus erros. Esses nobres homens buscaram o propiciatório e humilharam a alma diante de Deus. ME3 346 3 Não revele nossa voz ou nossa pena que estamos desprezando as solenes exortações do Senhor. Ninguém deprecie os que foram escolhidos por Deus, os que travaram varonilmente as batalhas do Senhor, os que puseram coração, alma e vida na causa e na obra de Deus, os que morreram na fé e são participantes da grande salvação adquirida para nós pelo nosso precioso Salvador que carrega e perdoa o pecado. ME3 347 4 Não faleis das faltas dos vivos ou dos mortos -- Deus não inspirou nenhum homem para que reproduzisse as faltas dos outros e apresentasse os seus erros a um mundo que jaz na iniquidade, e a uma igreja composta de muitos que são fracos na fé. O Senhor não confiou a homens o encargo de relembrar as faltas e os erros dos vivos ou dos mortos. Ele quer que Seus obreiros apresentem a verdade para este tempo. Não faleis dos erros de vossos irmãos que estão vivos, e calai-vos no tocante às faltas dos mortos. ME3 347 1 Deixai que os seus erros e faltas permaneçam onde Deus os colocou -- lançados nas profundezas do mar. Quanto menos os que professam crer na verdade presente disserem a respeito das faltas e erros dos servos de Deus no passado, tanto melhor será para sua própria alma e para a alma daqueles a quem Cristo adquiriu por Seu próprio sangue. Proclamem todas as vozes as palavras dAquele que é o primeiro e o último, o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. João ouviu uma voz dizendo: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham." Apocalipse 14:13. -- The Review and Herald, 30 de Novembro de 1897. ------------------------Capítulo 51 -- Ataques a Ellen White e sua obra Devemos calar-nos? ME3 348 1 Quando o homem critica seus semelhantes e expõe ao ridículo aqueles a quem Deus escolheu a fim de trabalharem para Ele, não faríamos justiça aos acusadores ou àqueles que são desorientados por suas acusações se guardássemos silêncio, deixando que as pessoas pensassem que seus irmãos e irmãs, nos quais tinham confiança, não são mais dignos de seu amor e amizade. Essa obra, surgindo em nosso meio e assemelhando-se à obra de Coré, Datã e Abirã, é uma ofensa a Deus, e deve ser enfrentada. E cumpre requerer que os acusadores apresentem suas provas sobre cada ponto. Toda acusação deve ser cuidadosamente investigada; não convém deixá-la de modo incerto, e não se deve permitir que as pessoas pensem que pode ser assim, ou não. Os acusadores devem fazer tudo que estiver ao seu alcance para relevar todo indício desabonador que não possa ser confirmado. ME3 348 2 Não deixeis que as pessoas creiam numa mentira -- Isto deve ser feito no caso de toda igreja. E quando houver um servo de Deus, a quem Ele escolheu para realizar determinada obra e que durante meio século tem sido um obreiro consagrado, labutando pelas pessoas de nossa fé, e diante dos obreiros de Deus, como alguém ao qual o Senhor escolheu; quando, por alguma razão, um dos irmãos cair em tentação e, devido às mensagens de advertência que lhe foram dadas, fica ofendido, como aconteceu com os discípulos de Cristo, e não anda mais com Ele; quando começa a trabalhar contra a verdade e torna público o seu descontentamento, declarando ser falso aquilo que é verídico, essas coisas precisam ser enfrentadas. Não se deve deixar que as pessoas creiam numa mentira. Elas precisam ser desiludidas. As vestes sujas com que é coberto o servo de Deus precisam ser removidas. ME3 349 1 Se os que têm feito essa obra se refugiarem na declaração de que são guiados pelo Espírito Santo, isso é como se Satanás se cobrisse das vestes de pureza celestial, conquanto ainda desenvolva seus próprios atributos. -- Carta 98a, 1897. ME3 349 2 Pretensas discrepâncias e contradições nos testemunhos -- Os que resolveram seguir seu próprio caminho começaram a publicar as pretensas discrepâncias e contradições que alegam encontrar em conexão com os Testemunhos; e estão deturpando alguns assuntos pelo uso de suas próprias palavras em lugar das palavras que se encontram nos meus escritos. Essas acusações terão de ser enfrentadas, para que a verdade tome o lugar da falsidade. -- Carta 162, 1906. Enfrentar e corrigir falsidades ME3 349 3 Não estou em conflito com V. A missão de minha vida está diante do mundo. Não é minha obra. É a obra do Senhor. Não atribuo nenhum mérito a mim mesma; pois o Senhor me livrará da contenda das línguas. "Pelos seus frutos os conhecereis." ME3 349 4 Teremos agora de enfrentar e corrigir as falsidades que têm sido divulgadas por V. e sua esposa, para que nossos irmãos saibam de onde elas procedem. Eu preciso saber o que ele acusa contra eles. Lançar em público uma invectiva contra uma mulher não é um resultado da operação do Espírito Santo, mas uma inspiração do espírito do inimigo, ao qual não devemos dar guarida. Consentiremos que as almas absorvam a tentação devido a um desvirtuamento? Não, nunca; eu seria um mordomo infiel se fizesse isso. É necessário pôr agora uma declaração verdadeira diante das pessoas; e então minha obra estará feita. Não entro em argumentações, mas não posso permitir que a obra de Deus, a qual tem dado fruto que tem estado diante do povo durante quase toda a minha existência, seja removida como uma teia de aranha. Por quem? Por um ser humano, sujeito à tentação, a quem Satanás está agora peneirando como trigo. -- Carta 65, 1897. A revista da igreja devia falar ME3 350 0 Uma mensagem ao redator, em 1883. ME3 350 1 Estive esperando para ver o que você iria fazer no sentido de colocar alguma coisa na revista que vindicasse o que é direito. Teve bastante tempo. ... ME3 350 2 Por que não faz justiça ao nome e à reputação do meu marido, e por que se mantém completamente silencioso e deixa o dragão rugir? ME3 350 3 Não me preocupo com minha própria pessoa; minha paz não está sendo perturbada, mas me preocupo com os atalaias a quem Deus colocou sobre os muros de Sião e que deviam dar à trombeta o sonido certo. Você certamente devia fazer alguma coisa por sua própria causa, pela causa de Cristo e pela causa da verdade. Por que não faz com que apareça o que é direito? Por que permanece tão calado como os mortos? É essa a maneira pela qual defende a verdade?... ME3 350 4 A Sra. White, o assunto de todo oponente -- A verdade irá triunfar. Espero que haja investidas contra mim até que Cristo venha. Todo oponente de nossa fé faz da Sra. White o seu assunto. Eles começam a combater a verdade, e então fazem uma investida contra mim. Que tenho feito? Se o mal, que eles dêem testemunho do mal. ... ME3 350 5 Bom, saíram os livros de Long e também de Green, essas produções tão débeis e desprezíveis. Esperei para que você e outros falassem sobre elas, pois se encontram na posição responsável de atalaias sobre os muros de Sião, e deviam advertir o povo. ... ME3 351 1 Por que todo esse zelo contra mim? -- As coisas mudam rapidamente, e ocorrem estranhos e surpreendentes desenvolvimentos em rápida sucessão. Aproximamo-nos do fim. Qual é a razão, pergunto, de todo esse zelo contra mim? Tenho cuidado do encargo que me foi dado por Deus. Não prejudiquei ninguém. Tenho falado aos que erram as palavras que Deus me deu. Naturalmente, eu não podia obrigá-los a ouvir. Os que tiveram o benefício dos préstimos de Cristo ficaram tão enfurecidos contra Ele como os inimigos contra mim. ME3 351 2 Apenas tenho cumprido o meu dever. Tenho falado porque sou compelida a falar. Eles não rejeitaram a mim, mas Aquele que me enviou. Ele me deu o meu trabalho. ... ME3 351 3 Sou vigiada, toda palavra que escrevo é criticada, todo movimento que faço é comentado. ... ME3 351 4 Deixo minha obra e seus resultados até nos reunirmos em volta do grande trono branco. Você vê o Espírito de Cristo nessa vigilância, nessas suspeitas, nessas conjecturas, nessas suposições? Que direito têm eles de supor, de conjecturar, de interpretar mal minhas palavras, de me desfigurar como o fazem? ME3 351 5 Há uma classe de pessoas que gosta exatamente dessa espécie de alimento. Eles são carniceiros que não olham imparcialmente para ver qual o bem que meus escritos e meus testemunhos têm feito; mas, como Satanás, o acusador dos irmãos, procuram ver qual o mal que podem achar, qual o dano que podem causar, qual a palavra que podem torcer, e dar-lhe sua nefanda interpretação, para fazer um falso profeta. ... ME3 351 6 Vejo o espírito satânico mais claramente desenvolvido do que se manifestou nos últimos quarenta anos. -- Carta 3, 1883. ME3 351 7 Comunicado como fermento -- Se Satanás consegue incitar críticas entre alguém do professo povo do Senhor, então elas são comunicadas como fermento de um para o outro. Não deis acolhida ao espírito de crítica, pois é a ciência de Satanás. Aceitai-o, e inveja, ciúme e más suspeitas um do outro se seguirão. ME3 352 1 Uni-vos é a ordem que ouço do Capitão de nossa salvação. Uni-vos. Onde há união há força. Todos os que estão ao lado do Senhor se unirão. Há necessidade de perfeita união e amor entre os crentes na verdade, e tudo que conduz à dissensão é do diabo. O Senhor quer que Seu povo seja um com Ele assim como os ramos são um com a videira. Então eles serão um uns com os outros. -- Carta 6, 1899. ME3 352 2 Esperada uma longa lista de falsas declarações -- Espero agora que seja apresentada ao mundo uma longa lista de falsas declarações e que mentira após mentira, afirmações errôneas após afirmações errôneas, que Satanás originou na mente dos indivíduos, sejam por alguns aceitas como verdade. Deixo, porém, o meu caso nas mãos de Deus, e aqueles que conhecem o trabalho de minha vida não aceitarão as mentiras que são proferidas. -- Carta 22, 1906. ------------------------Capítulo 52 -- Impecabilidade e salvação A pretensão de impecabilidade ME3 353 1 Diz João, ao falar do enganador que faz grandes prodígios: Ele fará uma imagem à besta e induzirá todos a receberem o seu sinal. Considerareis este assunto? Examinai as Escrituras e vede. Aparecerá um poder que opera prodígios; e isto se dará quando os homens estiverem alegando santificação e santidade, exaltando-se cada vez mais e gabando-se a si mesmos. ME3 353 2 Olhai para Moisés e os profetas; olhai para Daniel, José e Elias. Olhai para estes homens, e apresentai-me uma frase em que eles afirmam ser sem pecado. A alma que está em íntima ligação com Cristo, contemplando sua pureza e excelência, prostrar-se-á diante dEle com humildade. ME3 353 3 Daniel era um homem ao qual Deus concedera grande habilidade e erudição, e quando ele jejuou, o anjo foi ter com ele e disse: "És mui amado." E ele prostrou-se aos pés do anjo. Daniel não disse: "Senhor, tenho sido muito fiel a Ti e realizei tudo que era possível para honrar-Te e defender Tua palavra e Teu nome. Senhor, Tu sabes como eu fui fiel junto à mesa do rei, e como mantive minha integridade quando me lançaram na cova dos leões." Foi assim que Daniel orou a Deus? ME3 354 1 Não; ele orou e confessou seus pecados, e disse: Ouve, ó Senhor, e livra; nós nos afastamos da Tua Palavra e pecamos. E quando viu o anjo, ele disse: O meu rosto mudou de cor e se desfigurou. Ele não pôde olhar para a face do anjo, e não reteve força alguma; ela desaparecera. Portanto, o anjo aproximou-se dele e o pôs sobre os joelhos. Daniel não pôde contemplá-lo então. E depois o anjo se aproximou dele com a aparência de um homem. Então ele pôde suportar a visão. ME3 354 2 Só os que estão longe de Cristo pretendem possuir impecabilidade -- Por que tantos se dizem santos e sem pecado? É porque estão muito longe de Cristo. Eu nunca ousei afirmar semelhante coisa. Desde o tempo em que tinha 14 anos de idade, se eu sabia qual era a vontade de Deus, estava disposta a fazê-la. Nunca me ouvistes dizer que sou sem pecado. Os que têm um vislumbre da beleza e do elevado caráter de Jesus Cristo, o qual é santo e sublime, e cujo séquito enche o templo, jamais dirão isso. Contudo, encontrar-nos-emos com aqueles que dirão tais coisas cada vez mais. -- Manuscrito 5, 1885. Deixai que Deus o declare, não os homens ME3 354 3 Desejo dizer a todos aqueles a quem foi revelada a glória de Deus: "Nunca tereis a menor propensão para afirmar: 'Sou santo, estou santificado.'" ME3 354 4 Depois de minha primeira visão da glória, eu não pude discernir a luz mais brilhante. Pensaram que minha vista estava perdida; mas, quando tornei a acostumar-me com as coisas deste mundo, pude ver outra vez. É por isso que eu vos digo que nunca deveis gabar-vos, afirmando: "Sou santo, estou santificado", pois isso constitui a mais segura evidência de que não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus. Deixai que Deus o escreva em Seus livros, se quiser fazê-lo, mas vós nunca o deveis dizer. ME3 354 5 Eu nunca ousei dizer: "Sou santa, sou sem pecado", mas procuro fazer de todo o meu coração o que acho ser a vontade de Deus, e tenho a doce paz de Deus em minha alma. Posso confiar o cuidado de minha alma a Deus, como a um fiel Criador, e sei que Ele guardará o que foi entregue aos Seus cuidados. A minha comida e bebida é fazer a vontade do meu Mestre. -- Manuscrito 6a, 1886. Só quando este corpo abatido for transformado ME3 355 1 Devemos estabelecer inflexível inimizade entre nossa alma e o nosso adversário; mas devemos abrir o coração ao poder e influência do Espírito Santo. ... Precisamos tornar-nos tão sensíveis às influências sagradas que o mais leve sussurro de Jesus comova nossa alma, até que Ele esteja em nós, e nós nEle, vivendo pela fé do Filho de Deus. ME3 355 2 Precisamos ser refinados, purificados de toda mundanidade, até que reflitamos a imagem de nosso Salvador e nos tornemos participantes da natureza divina, livrando-nos da corrupção das paixões que há no mundo. Então nos deleitaremos em fazer a vontade de Deus, e Cristo nos reconhecerá diante do Pai e diante dos santos anjos como os que pertencem a Ele, e não Se envergonhará de nos chamar irmãos. ME3 355 3 Mas não iremos gabar-nos de nossa santidade. Quando tivermos visões mais claras do imaculado caráter e da infinita pureza de Cristo, sentir-nos-emos como Daniel se sentiu quando contemplou a glória do Senhor e disse: "O meu rosto mudou de cor e se desfigurou." ME3 355 4 Não podemos dizer: "Sou sem pecado", até que seja transformado este corpo abatido, para ser igual ao corpo da Sua glória. Se, porém, procuramos constantemente seguir a Jesus, pertence-nos a bendita esperança de ficar em pé diante do trono de Deus, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante; completos em Cristo, envoltos em Sua justiça e perfeição. -- The Signs of the Times, 23 de Março de 1888. Quando terminar o conflito ME3 355 5 Quando vierem os tempos de refrigério pela presença do Senhor, então os pecados da alma penitente que recebeu a graça de Cristo e venceu pelo sangue do Cordeiro serão removidos dos registros celestiais e colocados sobre Satanás, o bode emissário, o originador do pecado, e para sempre não virão mais à lembrança contra ela. ... Quando terminar o conflito da vida, quando a armadura for deposta aos pés de Jesus, quando forem glorificados os santos de Deus, então, e só então, será seguro afirmar que estamos salvos e sem pecado. -- The Signs of the Times, 16 de Maio de 1895. A certeza da salvação agora ME3 356 1 Pode dizer o pecador a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.' Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu, e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu." -- "Justificados Pela Fé" (um panfleto publicado em 1893), pág. 7. Reimpresso em Mensagens Escolhidas 1:392. ME3 356 2 Aquele que se arrepende do seu pecado e aceita a dádiva da vida do Filho de Deus não pode ser vencido. Apossando-se pela fé da natureza divina, ele torna-se um filho de Deus. Ele ora, ele crê. Quando tentado e provado, reivindica o poder que Cristo morreu para dar, e vence por Sua graça. Todo pecador precisa compreender isto. Ele precisa arrepender-se do seu pecado, precisa crer no poder de Cristo e aceitar esse poder para salvá-lo e livrá-lo do pecado. Como devemos ser gratos pela dádiva do exemplo de Cristo! -- The Review and Herald, 28 de Janeiro de 1909. Não vos preocupeis, vossa esperança está em Cristo ME3 356 3 A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir constante, serena confiança. Vossa esperança não está em vós mesmos; está em Cristo. Vossa fraqueza se acha unida à Sua força, vossa ignorância à Sua sabedoria, vossa fragilidade ao Seu eterno poder. ... ME3 357 1 Não devemos fazer de nós mesmos o centro, nutrindo ansiedade e temor quanto a nossa salvação. Tudo isto desvia a alma da Fonte de nosso poder. Confiai a Deus a preservação de vossa alma, e nEle esperai. Falai e pensai em Jesus. Que o próprio eu se perca nEle. Ponde de parte a dúvida; despedi vossos temores. Dizei com o apóstolo Paulo: "Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em Mim, e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim." Gálatas 2:20. Repousai em Deus. Ele é capaz de guardar aquilo que Lhe confiastes. Se vos abandonardes em Suas mãos, Ele vos tornará mais que vencedores por Aquele que vos amou. -- Caminho a Cristo, 60, 61. ------------------------Capítulo 53 -- Estudai os testemunhos A luz condenará os que não resolvem estudar e obedecer ME3 358 1 Preciosa instrução tem sido dada a nosso povo nos livros que fui incumbida de escrever. Quantos lêem e estudam estes livros? A luz que Deus tem dado pode ser considerada com indiferença e descrença, mas essa luz condenará todos os que não resolveram aceitá-la e obedecer-lhe. -- Carta 258, 1907. Ellen G. White impelida a recomendar o estudo dos testemunhos ME3 358 2 Sou instruída a dizer às nossas igrejas: Estudai os Testemunhos. Eles são escritos para nossa admoestação e encorajamento, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado. Se o povo de Deus não estudar estas mensagens que lhes são enviadas de quando em quando, são culpados de rejeitar a luz. Regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui, um pouco ali, Deus está enviando instruções a Seu povo. Atendei à instrução; segui a luz. O Senhor tem uma contenda com o Seu povo porque no passado eles não atenderam a Sua instrução e não seguiram Sua orientação. ME3 358 3 Estive lendo o Volume Seis dos Testemunhos, e encontro neste pequeno livro instruções que nos ajudarão a enfrentar muitas questões desconcertantes. Quantos leram o artigo "Obra Evangelística" nesse volume? Recomendo que essas instruções, admoestações e advertências sejam lidas para o nosso povo nalguma ocasião em que estiverem reunidos. Por grande diferença, apenas uma pequena parte de nosso povo está de posse destes livros. -- Carta 292, 1907. O estudo pessoal responderia a perguntas ME3 359 1 Recebemos muitas cartas de nossos irmãos e irmãs, pedindo conselho sobre uma grande variedade de assuntos. Se eles estudassem por si mesmos os Testemunhos publicados, encontrariam o esclarecimento de que necessitam. Instemos com o nosso povo para que estude estes livros e os divulguem. Que os seus ensinos fortaleçam nossa fé. ME3 359 2 Estudemos a Palavra de Deus com mais diligência. A Bíblia é tão simples e clara que todos os que quiserem poderão compreender. Sejamos gratos ao Senhor por Sua preciosa Palavra e pelas mensagens de Seu Espírito que dão tanta luz. Sou instruída de que quanto mais estudarmos o Antigo e o Novo Testamento, tanto mais será inculcado em nossa mente o fato de que cada um deles mantém uma relação muito íntima com o outro, e tanto maior será a evidência que teremos de sua inspiração divina. Veremos claramente que eles têm um só Autor. O estudo destes preciosos volumes nos ensinará como formar um caráter que revele os atributos de Cristo. -- Manuscrito 81, 1908. Lede os testemunhos por vós mesmos ME3 359 3 Às vezes fico muito triste quando penso no uso que é feito dos Testemunhos. Homens e mulheres relatam tudo que lhes vem ao pensamento ou que ouvem como um testemunho da irmã White, quando a irmã White nunca ouviu falar de semelhante coisa. ... ME3 359 4 A única segurança para qualquer de nós é firmar os pés na Palavra de Deus e estudar as Escrituras, fazendo da Palavra de Deus nossa constante meditação. Dizei às pessoas que não aceitem as palavras de homens a respeito dos Testemunhos, mas leiam-nos e os estudem por si mesmos, e saberão então que se acham em harmonia com a verdade. A Palavra de Deus é a verdade. -- Carta 132, 1900. Os testemunhos, nossa proteção ME3 360 1 Instei com os nossos irmãos para que se familiarizassem com os ensinos que estão nos Testemunhos. Deus nos deu uma luz que não podemos desprezar ou tratar com indiferença ou desdém. Ele tem permitido que a luz incida sobre nós em repreensões e advertências, para que, se quisermos, possamos apossar-nos dela e livrar-nos dos perigos que cercam o nosso caminho. Quando surgem tentações, podemos ser cautelosos e discerni-las porque o Senhor no-las indicou, para que não sejamos enganados. -- Manuscrito 23, 1889. ME3 360 2 A humildade que produz fruto, inundando a alma com o senso do amor de Deus, falará por aquele que a acalentou, no grande dia em que os homens serão recompensados de acordo com as suas obras. Feliz aquele do qual se dirá: "O Espírito de Deus nunca moveu inutilmente a alma deste homem. Ele se dirigiu para a frente e para cima, de força em força. O próprio eu não se entreteceu em sua vida. ME3 360 3 "Toda mensagem de correção, advertência e conselho foi recebida por ele como uma bênção de Deus. Assim foi preparado o caminho para que recebesse ainda maiores bênçãos, pois Deus não lhe falou em vão. Cada passo ascendente na escada do progresso preparou-o para subir mais ainda. Do alto da escada, os brilhantes raios da glória de Deus incidiam sobre ele. Não pensou em descansar, mas procurou constantemente alcançar a sabedoria e a justiça de Cristo. Sempre prosseguiu para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." ME3 360 4 Todo aquele que é salvo precisa ter essa experiência. No dia do juízo, não será defendido o procedimento do homem que reteve a fraqueza e imperfeição da humanidade. Para ele não haverá lugar no Céu. Ele não pôde desfrutar a perfeição dos santos na luz. Quem não tem suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode livrá-lo de pecar, não tem a fé que lhe dará entrada no reino de Deus. -- Manuscrito 161, 1897. ------------------------Capítulo 54 -- O caso Mackin ME3 363 1 Na quinta-feira de manhã, 12 de Novembro de 1908, Ellen White se encontrava no seu lar em Elmshaven, ocupando-se em escrever no aposento reservado para isso. Seu filho, G. C. White, foi até lá e lhe disse que havia duas pessoas na sala de estar, embaixo, que desejavam falar com ela. Acompanhando-o, ela desceu as escadas para encontrar-se com Ralph Mackin e esposa. Deparou com um casal bem vestido e aparentemente muito sincero, em seus trinta e cinco anos de idade. A Sra. White logo ficou sabendo que os seus visitantes eram diligentes estudantes da Bíblia e dos Testemunhos, e tinham vindo de Ohio para a Califórnia com o especial propósito de saber se a sua extraordinária experiência de alguns meses atrás contava com a aprovação do Senhor. ME3 363 2 A conversação com os Mackins foi registrada estenograficamente, durante a entrevista, por Clarence C. Crisler, o principal secretário de Ellen G. White. -- Os Compiladores O relatório da entrevista ME3 363 3 O irmão e a irmã Mackin declararam que se sentiram impressionados pelo Espírito Santo a fazer uma viagem especial ao Oeste para entrevistar a irmã White a respeito de algumas experiências incomuns pelas quais haviam passado. Durante a Semana de Oração, quase três anos antes, eles se uniram com sua pequena igreja em Findlay, Ohio, num período especial para buscar a Deus e pedir o derramamento do Espírito Santo. ME3 364 1 Ralph Mackin: Nas leituras da Semana de Oração para aquele ano, todo artigo recomendava que as pessoas buscassem o Espírito Santo. Em nossa pequena igreja, reservamos três dias para jejum e oração, e jejuamos e oramos por três dias -- isto é, não constantemente juntos, mas sentimos a necessidade de uma obra mais profunda e de possuir mais do Espírito de Deus. Desse tempo em diante começamos a estudar a obra do Espírito Santo, pela Bíblia e pelos Testemunhos, especialmente pelo volume 8 e pelo volume 7, e Primeiros Escritos e também o livrete composto de uma coleção de folhetos e intitulado Special Testimonies to Ministers and Workers ("Testemunhos Especiais Para Ministros e Obreiros"). Achamos que este era um preciosíssimo volume para nós. Ele mostra como em tempos passados foram tratados os homens chamados por Deus, etc. ME3 364 2 A mensagem que o Senhor me deu particularmente era seguir a vida dos apóstolos. ... ME3 364 3 Foram então lidas diversas passagens bíblicas, incluindo Lucas 24 até o fim do capítulo, terminando com estas palavras: "E, adorando-O eles, tornaram com grande júbilo. E estavam sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus. Amém." ME3 364 4 Pois bem, eu ensino que esta bênção é a bênção da santificação que eles receberam, que Ele lhes conferiu; e quando buscamos a Deus -- se somos pecadores, até nos convertermos; se somos convertidos, fazemos a oração pelo poder da santificação para levar uma vida pura e íntegra. Não que isto seja a obra de um momento; não "uma vez santificado, santificado para sempre"; isto não é verdade. Mas devemos fazer nossa petição de modo tão firme e fervoroso que recebamos a bênção. Ela tem o mesmo efeito fisiológico sobre nós -- oh! apenas queremos louvar a Jesus, e isto nos torna tão amorosos, gentis e bondosos! Notamos, porém, que os discípulos ainda não estavam preparados para sair com essa bênção a fim de trabalhar para o Mestre. Ele recomendou que esperassem até que do alto fossem revestidos de poder. Então fazemos nossa petição e persistimos pela fé, e o que nos estimulou a fazer isto foi o capítulo intitulado "A Sacudidura", em Primeiros Escritos -- perseveramos pela fé, até que grandes gotas de suor se acumulavam em nossa fronte. Crendo que o mesmo poder que os discípulos tinham era para nós hoje em dia, fomos estimulados a prosseguir. ME3 365 1 Repetição da experiência relatada em Atos 2 -- Quando essa bênção prometida veio sobre nós, enquanto fazíamos nossas petições a Deus, tivemos a mesma experiência relatada aqui em Atos 2, no tocante aos apóstolos. Quando esse poder prometido veio sobre nós, falamos em outras línguas, conforme o Espírito nos concedia que falássemos. ME3 365 2 Em Toledo, quando estávamos transmitindo nossa mensagem na rua, um homem que era católico polonês se encontrava na rua quando a Sra. Mackin estava falando; e quando o Espírito de Deus veio sobre ela, e lhes falou por seu intermédio em outra língua que ela não podia compreender, esse cavalheiro polonês exclamou: "Sei o que aquela senhora está falando. Ela está falando em minha própria língua de uma calamidade que logo cairá sobre esta cidade." ME3 365 3 Pretensa língua estranha -- Noutras ocasiões, quando alguém participa dessa bênção de falar em línguas, o Senhor pode dar-me a mesma língua, e mantemos uma conversação no idioma em que o Espírito de Deus possibilita que falemos. Até três ou quatro podem tomar parte na conversação, mas é uma língua estranha para eles, e um espera pelo outro até que este tenha terminado; e tudo é feito com ordem. Esta é a experiência que recebemos, de acordo com a bênção prometida. ... ME3 365 4 Se labutamos em erro, nós o fazemos sinceramente. Mas, se isto provém do Espírito de Deus, desejamos segui-lo. ... ME3 365 5 Este Espírito recomenda que examinemos a Palavra, e que sejamos fervorosos; e recomenda que sejamos cuidadosos com a nossa alimentação; nos recomenda exatamente o que a senhora tem dito. ME3 365 6 Afirmavam ter o dom de profecia -- Agora minha esposa. O Espírito opera por meio dela, e cremos que isto é o dom de profecia que deve ser derramado sobre toda a carne. Este Espírito nos conduz a bondade e pureza de vida, e não podemos compreendê-lo -- senão que, segundo diz a Palavra de Deus, estas experiências constituem o resultado de receber a bênção do Espírito de Deus. ... ME3 366 1 A experiência da reunião campal -- Antes de irmos ao local do acampamento -- nós só fomos na sexta-feira -- minha esposa e duas outras senhoras (minha mãe e uma outra senhora, a irmã Edwards, cunhada do presidente da Associação) -- antes de irmos para o local do acampamento este último ano, as três buscaram o Senhor. Eu fui ao centro da cidade, a serviço; e o Espírito de Deus disse à Sra. Mackin que ela fosse ao local do acampamento, e cantasse ali; e lá Ele lhe diria o que devia cantar. ME3 366 2 E ela chorou como uma criança, e parecia mesmo que não conseguiria suportá-lo, porque o Senhor lhe mostrou a condição de nosso povo -- logo cairiam as pragas, e eles não estavam preparados. Não havia nenhuma reunião em andamento, e o Espírito do Senhor desceu sobre ela quando chegou ao local do acampamento, e (voltando-se para a Sra. Mackin) você pode dizer-lhe quais as palavras que cantou. ME3 366 3 Sra. Mackin: O Senhor colocou este encargo sobre mim. Eu não pude resistir-lhe. Eu queria tanto contá-lo, e cantar tanto aquele cântico! E não pude livrar-me disso até que eu o fiz. "Oh! ore", disse eu para a irmã Edwards; e assim eu me levantei no local do acampamento e cantei exatamente o que o Senhor me deu. O Senhor -- isto é o que eu cantei: ME3 366 4 "Ele vem vindo; Ele vem vindo; Preparai-vos; preparai-vos." ME3 366 5 E então aquela declaração em Primeiros Escritos: ME3 366 6 "Quantos vi chegarem ao cair das pragas sem um abrigo! Recebei o Espírito Santo." São estas as palavras que eu cantei. Eu as cantei reiteradas vezes. Eles as ouviram em todas as partes do local do acampamento, e se reuniram; antes disso, porém, o Senhor mostrou-me como eles torceriam as mãos quando as pragas estivessem caindo. O Senhor pode mostrar alguma coisa num momento apenas, melhor do que se o contasse para nós. E assim Ele me mostrou como eles torceriam as mãos, e isso colocou sobre mim um fardo maior do que qualquer outro. Bom, foi então que eles nos prenderam. ... ME3 367 1 É quando o canto é improvisado -- ditado pelo Espírito -- que ele é mais admirável. ME3 367 2 Se a senhora tem alguma luz para nós. ... ME3 367 3 Ellen G. White: Não sei se tenho alguma coisa especial que eu possa dizer. Haverá coisas que acontecerão bem no fim da história terrestre, segundo me foi apresentado, semelhantes a algumas coisas que vocês apresentaram; mas não posso dizer algo sobre estes pontos agora. ME3 367 4 R. Mackin: Há alguma pergunta, irmão White, ou alguma outra coisa agora? ME3 367 5 G. C. White: Não sei se há outra coisa senão orar que o Senhor dê a Mamãe alguma informação, e então reservar tempo para que as coisas se desenvolvam. É melhor, ao apresentar alguma coisa para ela, expor o assunto de maneira sucinta e com clareza, e então ter, talvez, outra entrevista com ela mais tarde. ME3 367 6 R. Mackin: Nós estamos jejuando e orando. Se nos encontramos numa ilusão, desejamos sabê-lo, bem como se estamos certos. ME3 367 7 Sra. Mackin: Nossos irmãos certamente pensam que estamos numa ilusão. ME3 367 8 Ellen G. White: Que lugar foi esse em que ocorreu o canto de que vocês falaram? ME3 367 9 R. Mackin: Mansfield, Ohio, na reunião campal. ME3 367 10 Ellen G. White: Nosso povo -- pessoas que observam o sábado? ME3 367 11 R. Mackin: Sim, nosso próprio povo. ME3 367 12 G. C. White: Aquele verso que a Sra. Mackin cantou ontem à noite era improvisado, ou um hino conhecido? [Na reunião de oração, na capela do sanatório, o irmão Mackin dera o seu testemunho no serviço de louvor, sendo seguido pela Sra. Mackin, a qual cantou.] ME3 367 13 Sra. R. Mackin: Oh! aquele era um de nossos hinos publicados. Encontra-se no novo hinário Christ in Song. ME3 367 14 R. Mackin: Ao ouvir aquilo quase não se pode ter uma idéia de como é o seu canto quando as palavras lhe são dadas pelo Espírito Santo. É a coisa mais maravilhosa quando ela canta: "Glória!" Ela diz que, ao cantá-lo, parece estar na presença de Jesus, com os anjos. Repete diversas vezes a palavra "Glória!" Ela foi testada com o piano, e os músicos dizem que é uma anomalia -- a gravidade e a altura com que ela o faz. Só pode fazê-lo quando ora no Espírito e é dotada de poder especial. ME3 368 1 Sra. Mackin: Nós não temos este poder; só quando buscamos a Jesus. ME3 368 2 Expulsando Demônios -- R. Mackin: O Senhor nos deu poder, irmã White, para expulsar demônios. Muitas pessoas estão possessas de demônios. Lembro-me de uma declaração que a senhora escreveu alguns anos atrás, dizendo que muitos estavam tão verdadeiramente possessos de demônios como nos dias de Cristo. Quando estamos numa reunião, e esses demônios se acham ali, eles podem levar as pessoas a fazer coisas estranhas. Eu notei na Bíblia que quando Jesus estava no Templo os demônios saíam imediatamente. "Cale-se, e saia dele!" O Senhor nos manda deitar as pessoas, para que os demônios não as lancem no chão quando eles saem. Verificamos no princípio que quando começamos a repreender esses demônios, eles muitas vezes fecham os olhos dessas pessoas, e às vezes as induzem a latir como um cão, e lhes espicham a língua; mas, quando continuamos a repreendê-los, os olhos se abrem e elas se acalmam, e os demônios _____ ME3 368 3 Pois bem, é pelo dom do Espírito que o Senhor nos diz quando os demônios saíram, e que todos eles se retiraram. Uma senhora, em especial, tinha seis demônios, e ela disse que percebeu exatamente quando eles saíram -- isso parecia repuxá-la em todas as partes do corpo. ME3 368 4 Nossos irmãos afirmam, porém, que não podem estar nos últimos dias; mas notamos que isso coincide exatamente com o que o Senhor disse no último capítulo de Marcos, na grande comissão: "E estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em Meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas"; e assim por diante. ME3 368 5 Sra. Mackin: Nós também não recebemos tudo isto imediatamente. ME3 369 1 R. Mackin: Leia os versos restantes de Marcos: "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em Meu nome expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. De fato o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no Céu, e assentou-se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiram. [Amém.]" Nossa experiência, pelo que somos capazes de discernir, está de acordo com a Bíblia. Eis aqui alguma coisa que eu gostaria de ler [neste ponto o irmão Mackin leu trechos, incluindo o que segue, de um artigo da irmã White na Review and Herald, publicado no número de 11 de Abril de 1899 e intitulado: "A Reunião Campal de Newcastle"]: ME3 369 2 "Durante a noite do primeiro sábado da reunião de Newcastle, eu parecia estar numa reunião, apresentando a necessidade e a importância de recebermos o Espírito. Esta era a idéia central de meu trabalho -- a abertura de nosso coração ao Espírito Santo." ME3 369 3 [O estenógrafo não mencionou o lugar exato em que o irmão Mackin começou a ler o artigo, e onde ele parou; mas foi lida pelo menos uma parte considerável.] ME3 369 4 Qual é a Evidência? -- R. Mackin: Há uma pergunta em conexão com o recebimento do poder do alto que me parece ser tão apropriada presentemente como nos dias dos apóstolos -- Qual é a evidência? Se nós o recebermos, ele não terá o mesmo efeito fisiológico sobre nós que teve naquele tempo? Pode-se esperar que falemos como o Espírito nos concede que falemos. ME3 369 5 Ellen G. White: No futuro teremos provas especiais da influência do Espírito de Deus -- especialmente nas ocasiões em que nossos inimigos forem mais fortes contra nós. Chegará o tempo em que veremos algumas coisas estranhas; mas, exatamente de que maneira -- se de modo análogo a algumas das experiências dos discípulos depois que eles receberam o Espírito Santo após a ascensão de Cristo -- não posso afirmar. ME3 370 1 R. Mackin: Oraremos continuamente ao Senhor sobre isso, pedindo que Ele lhe dê luz a esse respeito. Assim, deixo-lhe o nosso endereço, e se a senhora tiver alguma coisa para nós depois disto, teremos prazer em recebê-lo. ME3 370 2 G. C. White: Passareis provavelmente alguns dias aqui, não é mesmo? ME3 370 3 R. Mackin: Se o Espírito Santo nos disser que nossa obra está terminada agora, iremos embora; se disser que esperemos, nós esperaremos. Ele nos guia. Quando apresentei esta mensagem a diversas congregações, o Espírito de Deus testemunhou em seu favor; muitos choraram e disseram: "Oh! necessitamos de poder, necessitamos de ajuda, e este é o poder prometido; busquemos a Deus." ME3 370 4 Sra. Mackin: A verdadeira prova é o amor -- I Coríntios 13. ME3 370 5 R. Mackin: Satanás quer impedir esta obra. Somos selados pelo Espírito Santo da promessa. Eu o apresento segundo está em Primeiros Escritos. Quando os anjos estão prestes a soltar os quatro ventos, Jesus olha com piedade para o remanescente, e, com as mãos erguidas, exclama: "Meu sangue, Pai, Meu sangue, Meu sangue, Meu sangue!" Ele o repete quatro vezes; pois o Seu povo ainda não está selado. Encarrega um anjo de voar rapidamente até os quatro anjos que seguram os quatro ventos, com a mensagem: "Segurai! Segurai! Segurai! Segurai! até que os servos de Deus sejam selados em suas frontes." E, quando apresento estas coisas à congregação, são principalmente os mais fervorosos e devotos que parecem ser influenciados por elas. ME3 370 6 Ellen White relata experiências antigas -- A irmã White começou então a falar, e continuou durante cerca de meia hora. Ela contou um incidente após o outro relacionado com os seus primeiros trabalhos pouco depois da passagem do tempo em 1844. Suas experiências com formas incomuns de erro naqueles dias e em anos posteriores fizeram com que tivesse receio de qualquer coisa que se assemelhasse a um espírito de fanatismo. ME3 370 7 À medida que foi prosseguindo, a irmã White falou de alguns que tinham estranhos movimentos do corpo e de outros que eram governados, em grande parte, por suas próprias impressões. Alguns pensavam que era errado trabalhar. Outros criam que os justos mortos haviam sido ressuscitados para a vida eterna. Alguns procuravam cultivar um espírito de humildade rastejando no chão como criancinhas. Outros dançavam e cantavam: "Glória, glória, glória, glória, glória, glória", repetidas vezes. De vez em quando uma pessoa pulava para cima e para baixo sobre o soalho, com as mãos erguidas, louvando a Deus; e isso durava cerca de meia hora de uma vez. ME3 371 1 Entre os que tomavam parte nessas extraordinárias formas de fanatismo havia alguns que outrora tinham sido fiéis -- irmãos e irmãs tementes a Deus. Os estranhos movimentos do corpo e espírito eram levados a tais extremos que nalguns lugares os magistrados se viram obrigados a restringi-los, lançando-os na prisão. A Causa de Deus incorreu assim em descrédito, e levou anos para superar a influência que essas exibições de fanatismo tiveram sobre o público em geral. ME3 371 2 A irmã White contou também como teve reiteradas vezes de enfrentar esse fanatismo de maneira direta e repreendê-lo severamente no nome do Senhor. Salientou o fato de que temos uma grande obra para fazer no mundo, e que nossa força sobre o povo está no poder que acompanha a clara apresentação da Palavra do Deus vivo. A lei de Jeová deve ser exaltada e tornar-se honrosa; e os diversos aspectos da mensagem do terceiro anjo devem ser delineados com clareza diante das pessoas, para que todos tenham oportunidade de ouvir a verdade para este tempo e decidir antes obedecer a Deus do que aos homens. ME3 371 3 Se nós como uma Igreja déssemos lugar a qualquer forma de fanatismo, a mente dos descrentes seria desviada da Palavra viva para as realizações de homens mortais, e apareceria mais do humano do que do divino. Além disso, muitos seriam repelidos por aquilo que para o seu entendimento parece ser antinatural e toca as raias do que é fanático. Assim a proclamação da mensagem para este tempo seria consideravelmente prejudicada. O Espírito Santo age de um modo que apela para o bom senso das pessoas. ME3 372 1 Uma proposta interessante -- No meio do relato da irmã White de suas primeiras experiências com o fanatismo, o irmão Mackin fez a seguinte proposta: ME3 372 2 R. Mackin: Se tivéssemos agora o espírito de oração, e esse poder viesse sobre minha esposa, a senhora seria capaz de discernir se isso é do Senhor, ou não? ME3 372 3 Ellen G. White: Eu não poderia dizer coisa alguma sobre isso. Mas estou-lhes contando estas experiências para que saibam o que passamos. Procuramos de toda maneira possível livrar a Igreja desse mal. Declaramos no nome do Senhor Deus de Israel que Deus não age por meio de Seus filhos de um modo que traga desonra para a verdade e que ocasione desnecessariamente profundo preconceito e acerba oposição. Em nosso trabalho devemos adotar uma atitude direta e procurar alcançar as pessoas onde elas se encontram. ME3 372 4 Repreendendo o Fanatismo -- R. Mackin: Recordo ter lido muita coisa a esse respeito no volume 1 de Testimonies for the Church ("Testemunhos Para a Igreja") -- sua experiência em repreender o fanatismo, e da causa no Leste quando eles marcaram o tempo, creio que em 1855. ME3 372 5 Ellen G. White: Alguns dançavam para cima e para baixo, cantando: "Glória, glória, glória, glória, glória." Por vezes eu ficava sentada quieta, até que eles terminassem, e então eu me levantava e dizia: Esta não é a maneira por que o Senhor opera. Ele não causa impressões assim. Precisamos dirigir a mente do povo à Palavra como o fundamento de nossa fé. ME3 372 6 Eu era apenas uma criança naquele tempo; e todavia tinha de dar repetidamente meu testemunho contra essa estranha operação. E sempre, desde então, tenho procurado ser muito, muito cuidadosa para que alguma coisa dessa espécie não entrasse outra vez entre o nosso povo. Toda manifestação de fanatismo desvia a mente da evidência da verdade -- a própria Palavra. ME3 372 7 Vocês talvez tomassem uma atitude coerente, mas aqueles a quem influenciassem poderiam tomar uma atitude muito incoerente, e em resultado, teríamos dentro em breve as mãos cheias de alguma coisa que tornaria quase impossível dar aos incrédulos a justa impressão de nossa mensagem e de nossa obra. Precisamos ir ao povo com a sólida Palavra de Deus; e quando eles receberem essa Palavra, o Espírito Santo poderá vir, mas Ele vem sempre, como declarei antes, por uma maneira que se recomenda ao discernimento das pessoas. Em nosso falar, nosso canto, e em todos os nossos cultos espirituais, devemos revelar a calma, a dignidade e o piedoso temor que atua em todo verdadeiro filho de Deus. ME3 373 1 Perigos que ameaçam agora -- Há constante perigo de permitir entrar em nosso meio alguma coisa que consideremos como operação do Espírito Santo, mas que na realidade é fruto de um espírito de fanatismo. Enquanto permitirmos que o inimigo da verdade nos conduza a um caminho errôneo, não podemos esperar chegar aos sinceros de coração com a terceira mensagem angélica. Devemos ser santificados mediante a obediência à verdade. ME3 373 2 Temo que qualquer coisa que tenha a tendência de desviar a mente das sólidas provas da verdade tal como se revela na Palavra de Deus. Temo isto; temo isto. Precisamos pôr nossa mente dentro dos limites da razão, não seja que o inimigo penetre de maneira a pôr tudo em desordem. Há pessoas de temperamento excitável, facilmente induzidas ao fanatismo; e permitíssemos nós que penetrasse em nossas igrejas qualquer coisa que levasse tais pessoas ao erro, veríamos pronto esses erros levados a extremos; e então, devido à atitude desses elementos desordenados, viria um estigma a todo o corpo dos Adventistas do Sétimo Dia. ME3 373 3 Tenho estado estudando a maneira de fazer publicar novamente algumas dessas experiências antigas, para que mais pessoas dentre nosso povo sejam informadas; pois de há muito tenho conhecimento de que o fanatismo se manifestará outra vez, em diferentes maneiras. Devemos fortalecer nossa posição demorando a mente na Palavra, e evitando todas as esquisitices e cultos religiosos estranhos que alguns seriam muito prontos em pregar e praticar. Caso permitíssemos que a confusão penetrasse em nossas fileiras, não poderíamos libertar disso nossa obra como devíamos fazer. Estamos procurando libertá-la agora, de toda maneira possível. ME3 374 1 Pensei que devia relatar-lhes estas coisas. ME3 374 2 R. Mackin: Bom, agora, aquilo que a senhora declarou não corresponde com a nossa experiência. Temos sido muito cautelosos nesta questão e achamos que a experiência pela qual passamos e que procuramos delinear-lhe sucintamente esta manhã condiz exatamente com a experiência dos servos de Deus na antiguidade, segundo é apresentada na Palavra. ME3 374 3 Ellen G. White: Durante os anos do ministério de Cristo na Terra, piedosas mulheres auxiliavam na obra que o Salvador e Seus discípulos estavam levando avante. Se os que se estavam opondo a essa obra houvessem encontrado qualquer coisa fora de lugar na conduta dessas mulheres, isso teria encerrado a obra imediatamente. Mas ao passo que mulheres labutassem com Cristo e os apóstolos, todo o trabalho era dirigido num plano tão elevado que se achava acima da sombra de qualquer suspeita. Não podia ser encontrado nenhum motivo de acusação. A mente de todos era encaminhada para as Escrituras, não aos indivíduos. A verdade era proclamada inteligentemente, e com tanta clareza que todos podiam compreender. ME3 374 4 Agora temo que alguma coisa de natureza fanática seja introduzida entre nosso povo. Há muitos, muitos que precisam ser santificados; mas devem sê-lo mediante a obediência à mensagem da verdade. Estou escrevendo sobre este assunto hoje. Nesta mensagem há uma bela coerência que apela ao raciocínio. Não podemos permitir que elementos excitáveis entre nós se exibam de um modo que destrua nossa influência sobre aqueles que desejamos atingir com a verdade. Levou anos para superarmos a impressão desfavorável que os incrédulos tiveram dos adventistas por haverem chegado ao seu conhecimento as manifestações estranhas e ímpias de fanáticos entre nós durante os primeiros tempos de nossa existência como um povo separado. ME3 374 5 Sejam Cautelosos -- R. Mackin: Bom, agora, isso que a senhora nos está dando, deve ser considerado como testemunho sob o Espírito, ou é simplesmente um conselho -- em relação com a sua experiência? ME3 375 1 Ellen G. White: Eu estou-lhes apresentando história. ME3 375 2 R. Mackin: Mas não dirá que isso se aplica ao nosso caso agora, até que tenha mais luz a esse respeito? ME3 375 3 Ellen G. White: Não posso dizer; mas parece ser dessa índole, segundo receio. Parece ser da índole daquilo que enfrentei reiteradas vezes. ME3 375 4 G. C. White: São doze horas agora. Gostariam de descansar antes do almoço? ME3 375 5 Ellen G. White: Bom, eu não podia deixar que fossem embora antes que eu dissesse o que disse. Afirmo: Sejam cautelosos. Não permitam que apareça qualquer coisa que tenha laivos de fanatismo e que outros iriam praticar. Há alguns que são ansiosos por exibir-se, e eles praticarão tudo que vocês fizerem -- quer seja do mesmo teor, ou não. Tenho tido muito cuidado para não suscitar alguma coisa de índole estranha entre o nosso povo. ME3 375 6 R. Mackin: Mas é verdade que quando vier o Espírito Santo, segundo é declarado em suas obras, muitos se volverão contra isso, declarando que é fanatismo? ME3 375 7 Ellen G. White: É claro que farão isso; e por esta razão devemos ser muito cautelosos. É por meio da Palavra -- não de sentimentos ou de excitação -- que precisamos influenciar as pessoas a obedecer à verdade. Podemos permanecer em segurança sobre a plataforma da Palavra de Deus. A Palavra viva está repleta de evidências, e maravilhoso poder acompanha sua proclamação em nosso mundo. ME3 375 8 R. Mackin: Bom, não queremos cansá-la. ME3 375 9 Sra. Mackin: Louvado seja o Senhor! ME3 375 10 Ellen G. White (levantando-se e trocando apertos de mãos): Desejo que o Espírito do Senhor esteja com os irmãos, com vocês e comigo. Devemos ser como criancinhas de Deus. O poder de Sua graça não deve ser mal compreendido. Devemos recebê-lo com toda a mansidão e humildade de espírito, para que Deus mesmo cause a impressão na mente das pessoas. Espero que o Senhor os abençoe e lhes dê um sólido fundamento, um fundamento que é a Palavra do Deus vivo. -- Manuscrito 115, 1908. ME3 376 0 A luz dada pelo Senhor Sr. e Sra. Ralph Mackin: ME3 376 1 Prezados Irmão e Irmã: Recentemente, em visões da noite [10 de Dezembro], foram-me reveladas algumas questões que vos preciso comunicar. Foi-me mostrado que estais cometendo alguns lamentáveis erros. Em vosso estudo das Escrituras e dos Testemunhos, chegastes a conclusões errôneas. A obra do Senhor seria grandemente mal compreendida se continuásseis a trabalhar como começastes. Dais falsa interpretação à Palavra de Deus e aos Testemunhos publicados; e então buscais levar adiante uma obra estranha em harmonia com vossa concepção de seu sentido. Supondes que tudo o que fazeis é para a glória de Deus, mas estais enganando a vós mesmos e enganando a outros. ME3 376 2 No falar, cantar e em exibições estranhas, que não estão em harmonia com a obra genuína do Espírito Santo, sua mulher está ajudando a introduzir um aspecto de fanatismo que causaria grande dano à Causa de Deus, caso lhe fosse permitido qualquer lugar em nossas igrejas. ME3 376 3 Sobre expulsar demônios -- Supusestes até que vos é dado poder para expulsar demônios. Por vossa influência sobre mentes humanas, homens e mulheres são levados a crer que estão possessos de demônios, e que o Senhor vos designou como instrumentos Seus para expulsar esses espíritos maus. ME3 376 4 Foi-me mostrado que precisamente tais aspectos do erro que fui compelida a enfrentar entre os crentes do Advento após o passar do tempo em 1844 se repetirão nestes últimos dias. Em nossa antiga experiência, eu tive de ir de lugar a lugar e transmitir uma mensagem após a outra a grupos de crentes desapontados. As evidências que acompanhavam minhas mensagens eram tão grandes que os sinceros de coração receberam como verdade as palavras proferidas. O poder de Deus foi revelado de maneira acentuada, e homens e mulheres foram libertos da perniciosa influência do fanatismo e da desordem, e conduzidos à unidade da fé. -- Manuscrito 115, 1908. Publicado em The Review and Herald, 24 de Agosto de 1972, p. 10, 17. ME3 377 1 Detende-vos. Meu irmão e minha irmã, tenho uma mensagem para vós: Estais baseados numa falsa suposição. Há muito do próprio eu entretecido em vossas exibições. Satanás entrará com fascinante poder através dessas exibições. É mais que tempo de vos deterdes. Caso Deus vos houvesse dado especial mensagem para Seu povo, andaríeis e trabalharíeis em toda humildade -- não como se estivésseis no palco de um teatro, mas na mansidão de um seguidor do humilde Jesus de Nazaré. Exerceríeis uma influência de todo diversa da que tendes estado a exercer. Estaríeis ancorados na Rocha, Cristo Jesus. ME3 377 2 Meus queridos e jovens amigos, vossa alma é preciosa à vista do Céu. Cristo vos comprou com o Seu precioso sangue, e não quero que acalenteis uma falsa esperança, trabalhando em linhas falsas. Certamente estais num trilho falso agora, e rogo-vos, por amor a vossa alma, que não arrisqueis mais a causa da verdade para estes últimos dias. Por amor a vossa própria alma, considerai que o modo em que estais trabalhando não é a maneira pela qual deve ser promovida a Causa de Deus. O sincero desejo de fazer bem a outros levará o obreiro cristão a afastar todo pensamento de introduzir na mensagem da verdade presente quaisquer ensinos que conduzam homens e mulheres ao fanatismo. Neste período da história do mundo precisamos exercer o maior cuidado a este respeito. ME3 377 3 Alguns dos aspectos da experiência por que estais passando põem em perigo não somente vossa própria alma, mas a de muitos outros, porque apelais às preciosas palavras de Cristo segundo registradas nas Escrituras, e aos Testemunhos, para atestar a genuinidade de vossa mensagem. Estais enganados em supor que a preciosa Palavra, que é realidade e verdade, e os Testemunhos que o Senhor deu para Seu povo, são vossa autoridade. Sois movidos por impulsos errôneos, e estais vos apoiando com declarações que desencaminham. Tentais fazer com que a verdade de Deus sustente sentimentos falsos e ações incorretas que são incoerentes e fanáticas. Isto torna dez vezes, ou melhor, vinte vezes mais difícil a obra da Igreja no relacionar o povo com a verdade da mensagem do terceiro anjo. -- Carta 358a, 1908. Publicada em parte em Mensagens Escolhidas 2:44-46. Outra referência à possessão de demônios ME3 378 1 Foram-me dadas à noite passada instruções para nosso povo. Parecia-me estar numa reunião em que se faziam apresentações da obra estranha do irmão Mackin e sua mulher. Fui instruída de que era uma obra semelhante à que fora conduzida em Orrington, no Estado do Maine, e em vários outros lugares depois da passagem do tempo de 1844. Foi-me mandado falar decididamente contra essa obra fanática. ME3 378 2 Foi-me mostrado que não era o Espírito do Senhor que estava inspirando o irmão e a irmã Mackin, mas o mesmo espírito de fanatismo que sempre busca entrada na Igreja remanescente. Sua aplicação da Escritura a seus movimentos singulares, é má aplicação escriturística. A obra de declarar pessoas possessas do diabo, e depois orar com elas e pretender expulsar os maus espíritos, é fanatismo que trará descrédito a qualquer igreja que sancione tal obra. ME3 378 3 Foi-me mostrado que importa não encorajar tais demonstrações, mas guardar o povo com um decidido testemunho contra aquilo que traria uma mancha ao nome dos adventistas do sétimo dia, e destruiria a confiança do povo na mensagem de verdade que precisam dar ao mundo. -- Pacific Union Recorder, 31 de Dezembro de 1908. Publicado em Mensagens Escolhidas 2:46. ------------------------Capítulo 55 -- Lições da maneira como foi enfrentada a crise da lei dominical no fim da década de 1880 e no começo da década de 1890 Certeza quando as nuvens se adensavam em 1884 ME3 383 1 Grandes coisas estão diante de nós, e precisamos despertar o povo de sua indiferença, para que se prepare. ... Não devemos rejeitar agora a nossa confiança, mas ter firme certeza, mais firme do que antes. Até aqui nos ajudou o Senhor, e Ele nos ajudará até ao fim. Olharemos para as colunas monumentais, lembranças do que o Senhor tem feito por nós, para confortar-nos e para nos livrar da mão do destruidor. ... ME3 383 2 Não podemos deixar de esperar novas perplexidades no conflito que se aproxima, mas felizmente podemos olhar para o que passou bem como para o que há de vir e dizer: "Até aqui nos ajudou o Senhor." 1 Samuel 7:12. "A tua força será como os teus dias." Deuteronômio 33:25. A provação não excederá a força que nos será dada para suportá-la. Assumamos, portanto, nossa obra precisamente onde a encontramos, sem uma só palavra de murmuração, imaginando que nada poderá ocorrer sem que a força que virá seja proporcional às provações. ... ME3 383 3 Nossa paz atual não deve ser perturbada por provações antecipadas, pois Deus jamais abandonará nem desamparará uma só alma que confia nEle. Deus é melhor para nós do que os nossos temores. ... ME3 383 4 Não antecipar aflições quanto à crise futura -- Muitos desviarão o olhar dos deveres atuais, do conforto e das bênçãos no presente, e tomarão emprestado aflições com respeito à crise futura. Isto causará um tempo de angústia antecipado, e não receberemos graça para tais aflições antecipadas. ... Quando chegar a cena de penoso conflito, teremos aprendido a lição de santa confiança, de bendita confiança, e colocaremos as mãos nas mãos de Cristo, os pés sobre a Rocha Eterna, e seremos protegidos contra a tormenta, contra a tempestade. Devemos esperar em nosso Senhor. Jesus será um socorro bem presente em todo momento de necessidade. -- Carta 11a, 1884. ME3 384 1 Você pergunta a respeito do procedimento que deve ser seguido para assegurar os direitos de nosso povo para prestar culto de acordo com os ditames de nossa própria consciência. Isto tem sido uma preocupação para a minha alma, há algum tempo: se seria uma negação de nossa fé, e uma evidência de que nossa confiança não está inteiramente em Deus. Lembro-me, porém, de muitas coisas que Deus me mostrou no passado a respeito de assuntos de natureza similar, como o recrutamento [durante a Guerra Civil Americana] e outras coisas. Posso falar no temor de Deus: é correto que usemos todo poder que for possível para desviar a pressão que está sendo exercida sobre o nosso povo. ... ME3 384 2 Não devemos provocar os que aceitaram o sábado espúrio, uma instituição do papado, em lugar do santo sábado de Deus. O fato de não terem argumentos bíblicos em seu favor, torna-os mais irados e resolvidos a preencher o lugar dos argumentos que faltam na Palavra de Deus com o poder de sua força. A intensidade da perseguição segue os passos do dragão. Portanto, deve-se ter grande cuidado para não causar provocação. E também, como um povo, na medida do possível, purifiquemos o arraial da poluição moral e de pecados agravantes. ... ME3 384 3 Toda a diplomacia do mundo não poderá livrar-nos de um terrível joeiramento, e todos os esforços feitos com altas autoridades não removerão de nós o açoite de Deus, porque é acalentado o pecado. Se, como um povo, não permanecermos na fé e não somente defendermos os mandamentos de Deus com a pena e a voz, mas guardarmos cada um deles, não violando intencionalmente um só preceito, então nos sobrevirá debilidade e ruína. ... ME3 385 1 Apelos inúteis sem a operação do Espírito Santo -- Todos os nossos esforços para levar nossos apelos às mais altas autoridades de nosso país, por mais diligentes, fortes e eloqüentes que sejam os argumentos em nosso favor, não efetuarão o que desejamos, a menos que o Senhor opere por Seu Santo Espírito nos corações dos que afirmam crer na verdade. Podemos lutar como um forte homem ao nadar contra a correnteza do Niágara, mas havemos de falhar se o Senhor não interceder em nosso favor. Deus será honrado entre o Seu povo. Eles precisam ser puros, eles precisam ser despojados do próprio eu, firmes, inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor. ... ME3 385 2 Leis para exaltar o falso Sábado -- Devemos estar preparados e aguardando as ordens de Deus. Nações serão revolvidas até seu próprio centro. Será retirado o apoio dos que proclamam o único padrão de justiça de Deus, a única e segura prova do caráter. E todos os que não se submeterem ao decreto dos concílios nacionais, obedecendo às leis nacionais para exaltar o sábado instituído pelo homem do pecado em desconsideração ao santo dia de Deus, sentirão não somente o poder opressivo do papado, mas também do mundo protestante, a imagem da besta. ... ME3 385 3 A grande questão que está tão próxima eliminará aqueles a quem Deus não designou, e Ele terá um ministério puro, leal, santificado e preparado para a chuva serôdia. ... ME3 385 4 Uma nova vida está procedendo das instrumentalidades satânicas para operar com um poder que até agora não percebemos. E não irá um novo poder do alto tomar posse do povo de Deus? -- Carta 55, 1886. ME3 385 5 Em breve teremos de lutar com os poderes da Terra, e temos toda a razão para temer que a falsidade obtenha o domínio. Recomendamos, no nome do Senhor, que nossas igrejas encarem esta luta em seu verdadeiro aspecto. É uma luta entre o cristianismo do Antigo e do Novo Testamento e o cristianismo das tradições humanas e fábulas corruptas. ME3 386 1 Essa disputa decidirá se o evangelho genuíno terá a preponderância em nossa nação, ou se o papado dos séculos passados receberá a destra da comunhão do protestantismo, e se esse poder prevalecerá para restringir a liberdade religiosa. ... A mensagem precisa ser difundida por toda a parte, para que aqueles que brincaram imperceptivelmente com o papado, não sabendo o que estavam fazendo, possam ouvir. Eles estão fraternizando com o papado por meio de compromissos e concessões que surpreendem os adeptos do papado. ... ME3 386 2 Filhos de Deus em outras igrejas -- Deus tem filhos, muitos deles nas igrejas protestantes, e um grande número nas igrejas católicas, que são mais fiéis para obedecer à luz e para proceder de acordo com o seu conhecimento do que um grande número entre os adventistas observadores do sábado que não andam na luz. O Senhor quer que a mensagem da verdade seja proclamada, para que os protestantes sejam advertidos e despertados para a verdadeira condição das coisas e considerem o valor do privilégio da liberdade religiosa que têm desfrutado há muito tempo. ME3 386 3 A emenda do domingo nos Estados Unidos -- Este país tem sido o lar dos oprimidos, o testemunho da liberdade de consciência e o grande centro da luz bíblica. Deus enviou mensageiros que estudaram suas Bíblias para descobrir o que é verdade, e examinaram os movimentos dos que estão desempenhando sua parte no cumprimento da profecia, produzindo a emenda religiosa que está invalidando a lei de Deus, dando assim ascendência ao homem do pecado. E não se erguerá nenhuma voz de advertência direta, a fim de despertar as igrejas para o seu perigo? Deixaremos correr o barco e que Satanás tenha a vitória sem nenhum protesto? De maneira alguma!... ME3 386 4 Muitos que não fazem parte de nossas fileiras assumirão a dianteira -- Há muitas almas que sairão das fileiras do mundo e das igrejas -- até da Igreja Católica -- cujo zelo excederá consideravelmente o dos que têm estado a postos para proclamar a verdade até agora. Por esta razão os trabalhadores da hora undécima receberão o seu denário. Estes verão aproximar-se a batalha e darão à trombeta o sonido certo. Quando a crise estiver sobre nós, quando chegar o tempo de calamidade, eles assumirão a dianteira, revestir-se-ão de toda a armadura de Deus e exaltarão Sua lei, aderirão à fé de Jesus e manterão a causa da liberdade religiosa que os reformadores defenderam com ardor e pela qual eles sacrificaram a vida. ... ME3 387 1 A questão: Um Sábado espúrio -- Um sábado espúrio é apresentado para ser legislado com poder, compelindo a observância de um sábado que Deus não impôs ao homem. As perseguições dos protestantes pelo romanismo, por cujo intermédio a religião de Jesus Cristo quase foi aniquilada, serão mais que igualadas quando o protestantismo e o papado se unirem. ... ME3 387 2 Nosso próprio país tornar-se-á um campo de batalha no qual deve ser levada avante a luta pela liberdade religiosa -- adorar a Deus de acordo com os ditames de nossa própria consciência. Não podemos discernir, portanto, a obra do inimigo em manter adormecidos os homens que deviam estar despertos e cuja influência não deve ser neutra, mas completa e inteiramente do lado do Senhor? Haverão os homens de clamar: Paz e segurança, agora que repentina destruição se aproxima do mundo e será derramada a ira de Deus? -- Manuscrito 30, 1889. A América do Norte poderá tornar-se o lugar de maior perigo ME3 387 3 A América do Norte,... onde a maior luz do Céu tem incidido sobre o povo, poderá tornar-se o lugar de maior perigo e trevas porque o povo não continua a praticar a verdade e a andar na luz. ... ME3 387 4 Quanto mais nos aproximamos das cenas finais da história terrestre, tanto mais acentuada será a obra de Satanás. Toda espécie de engano tomará a iniciativa para desviar a mente de Deus por meio dos ardis de Satanás. -- Carta 23c, 1894. Uma visão antiga sobre a importância do Sábado ME3 388 1 Vi que sentíamos e compreendíamos bem pouco da importância do sábado, em comparação com o que ainda devemos compreender e saber de sua importância e glória. Vi que não sabíamos ainda o que é cavalgar sobre os altos da Terra e ser sustentado com a herança de Jacó. Mas quando vier o refrigério e a chuva serôdia pela presença do Senhor e a glória de Seu poder, saberemos o que é ser sustentado com a herança de Jacó e cavalgar sobre os altos da Terra. Então veremos mais da importância e glória do sábado. ME3 388 2 Não o veremos, porém, em toda a sua glória e importância até que seja feito conosco o concerto de paz à voz de Deus, e as portas de pérola da Nova Jerusalém sejam abertas de par em par e revolvidas em seus gonzos resplandecentes, e seja ouvida a agradável e jubilosa voz do adorável Jesus, mais melodiosa do que qualquer música que já incidiu em ouvidos mortais, ordenando que entremos. -- Carta 3, 1851. ME3 388 3 Precisamos tomar a firme posição de que não reverenciaremos o primeiro dia da semana como o sábado, pois ele não é o dia que foi abençoado e santificado por Jeová, e reverenciando o domingo nós nos colocaríamos ao lado do grande enganador. O conflito por causa do sábado exporá o assunto ao povo, e será concedida uma oportunidade para que sejam apresentadas as reivindicações do sábado genuíno. ... ME3 388 4 O povo temente a Deus e que guarda os mandamentos deve ser diligente, não somente na oração, mas também na ação, e isto levará a verdade aos que nunca a ouviram. ... ME3 388 5 Quando for invalidada a lei de Deus e a apostasia se tornar um pecado nacional, o Senhor agirá em favor de Seu povo. A angustiosa situação deles será Sua oportunidade. Ele manifestará o Seu poder em prol de Sua Igreja. ... ME3 388 6 Um tempo para testemunhar -- O Senhor nos esclareceu no tocante ao que sobrevirá à Terra, para que possamos esclarecer a outros, e não seremos tidos por inocentes se nos contentarmos em ficar sentados, com os braços cruzados, falando sobre assuntos sem importância. ... ME3 389 1 Não se deve deixar que as pessoas andem aos tropeções nas trevas, não sabendo o que está à sua frente, e não estando preparadas para as grandes questões que se aproximam. Há uma obra a ser feita para este tempo, no sentido de preparar um povo para permanecer em pé no dia da angústia, e todos precisam desempenhar sua parte nesta obra. Eles têm de ser revestidos da justiça de Cristo e ser tão fortalecidos pela verdade que os embustes de Satanás não sejam aceitos por eles como manifestações genuínas do poder de Deus. ... ME3 389 2 É um tempo solene para o povo de Deus, mas se eles permanecerem bem perto do lado ensangüentado de Jesus, Ele será sua defesa. Abrirá caminhos para que a mensagem de luz chegue aos grandes homens, a autores e legisladores. Eles terão oportunidades com as quais não sonhais agora, e alguns deles defenderão audazmente os reclamos da espezinhada lei de Deus. ... ME3 389 3 A estratégia de Satanás no conflito final -- Há necessidade agora de homens e mulheres que trabalhem com diligência, buscando a salvação de almas, pois Satanás, como poderoso general, tomou o campo, e neste último tempo que resta ele está trabalhando por todos os métodos concebíveis para fechar a porta à luz que Deus quer que chegue a Seu povo. Ele está arrastando todo o mundo para suas fileiras, e os poucos que são fiéis aos requisitos de Deus constituem os únicos capazes de resistir-lhe, e ele está procurando vencer até mesmo a estes. ... ME3 389 4 Ide a Deus por vós mesmos; orai pedindo iluminação divina, para que possais saber que conheceis o que é verdade, de modo que quando se manifestar o maravilhoso poder que realiza prodígios, e o inimigo se apresentar como anjo de luz, possais distinguir entre a genuína obra de Deus e a imitação dos poderes das trevas. ... ME3 389 5 O mundo deve ser advertido, e quando a terceira mensagem angélica for difundida com um alto clamor, as mentes estarão plenamente preparadas para tomar decisões a favor ou contra a verdade. A grande mudança será efetuada por Satanás e seus anjos maus, unidos com homens maus que determinarão o seu destino por invalidar a lei de Deus em face de convincentes provas de Sua Palavra de que ela é imutável e eterna. ME3 390 1 O alto clamor da terceira mensagem angélica -- Chegará o próprio tempo de que escreveu o profeta, e o forte clamor do terceiro anjo será ouvido na Terra, sua glória iluminará o mundo e a mensagem triunfará, mas os que não andam em sua luz não triunfarão com ela. ... ME3 390 2 Chegou o tempo solene em que os pastores deviam estar chorando entre o pórtico e o altar, clamando: "Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio." Joel 2:17. É um dia em que, em vez de exaltar a alma com presunção, os ministros e o povo deviam estar confessando seus pecados diante de Deus e uns aos outros. ME3 390 3 Um exército de crentes que resistem à prova final -- A lei de Deus é invalidada, e mesmo entre os que defendem seus reclamos obrigatórios há alguns que transgridem seus preceitos sagrados. A Bíblia será aberta de casa em casa e homens e mulheres terão acesso a esses lares, e mentes serão abertas para receber a Palavra de Deus; e, quando chegar a crise, muitos estarão preparados para tomar decisões corretas, mesmo em face das tremendas dificuldades que serão ocasionadas pelos enganosos milagres de Satanás. Embora estes confessem a verdade e se tornem cooperadores de Cristo na hora undécima, receberão idêntica recompensa à daqueles que trabalharam o dia todo. Haverá um exército de crentes resolutos que permanecerão tão firmes como uma rocha durante a última prova. ... ME3 390 4 Crescente luz incidirá sobre todas as grandiosas verdades da profecia, e elas serão vistas com vividez e luminosidade, porque os brilhantes raios do Sol da Justiça iluminarão o conjunto total. ... ME3 390 5 Quando o anjo estava prestes a revelar para Daniel as intensamente interessantes profecias que deviam ser registradas para nós que testemunharemos o seu cumprimento, o anjo disse: "Sê forte, sê forte." Daniel 10:19. Devemos receber a mesmíssima glória que foi revelada a Daniel, pois ela é para o povo de Deus nestes últimos dias, para que dêem à trombeta um sonido certo. -- Manuscrito 18, 1888. ME3 391 1 Quando Cristo vier a segunda vez, todo o mundo será representado por duas classes: os justos e os injustos. Precedendo o grande sinal da vinda do Filho do homem, haverá sinais e maravilhas nos céus. ... ME3 391 2 Um pouquinho das taças da ira de Deus já tem tido permissão para cair sobre a terra e o mar, afetando os elementos da atmosfera. As causas dessas condições incomuns estão sendo investigadas, mas inutilmente. ME3 391 3 Deus não tem impedido que os poderes das trevas levem avante sua nefanda obra de poluir o ar, uma das fontes de vida e nutrição, com um miasma fatal. Não somente é afetada a vida vegetal, mas o homem sofre de epidemias. ... ME3 391 4 O mundo físico e religioso será abalado -- Estas coisas são o resultado de gotas das taças da ira de Deus que estão sendo borrifadas sobre a Terra, e constituem apenas débeis representações do que acontecerá no futuro próximo. ME3 391 5 Tem havido terremotos em vários lugares, mas essas perturbações têm sido muito limitadas. ... Terríveis abalos sobrevirão à Terra, e os suntuosos palácios erigidos com grandes despesas certamente tornar-se-ão montões de ruínas. ME3 391 6 A crosta terrestre será dilacerada pelas explosões dos elementos ocultos nas entranhas da Terra. Estes elementos, uma vez desprendidos, arrebatarão os tesouros dos que durante anos têm aumentado sua fortuna pela aquisição de grandes posses a preços de fome dos que estão ao seu serviço. ME3 391 7 E o mundo religioso também será terrivelmente abalado, pois o fim de todas as coisas está às portas. ... Toda a sociedade está se alinhando em duas grandes classes: os obedientes e os desobedientes. ... ME3 392 1 Haverá leis para controlar a consciência -- O chamado mundo cristão será o palco de grandes ações decisivas. Homens em autoridade promulgarão leis para controlar a consciência, segundo o exemplo do papado. Babilônia fará que todas as nações bebam do vinho da ira de sua prostituição. Toda nação será envolvida. João, o Revelador, declara o seguinte sobre esse tempo: ME3 392 2 "Os mercadores da Terra se enriqueceram à custa da sua luxúria. Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, e para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela praticou. Dai-lhe em retribuição como também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras, e, no cálice em que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela. Quanto a si mesma se gloriou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva não sou. Pranto, nunca hei de ver!" Apocalipse 18:3-7. ME3 392 3 Uma confederação universal -- "Têm estes um só pensamento, e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem. Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com Ele." Apocalipse 17:13, 14. ME3 392 4 "Têm estes um só pensamento." Haverá um laço de união universal, uma grande harmonia, uma confederação de forças satânicas. "E oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem." Assim é manifestado o mesmo poder arbitrário e opressor contra a liberdade religiosa, contra a liberdade de adorar a Deus de acordo com os ditames da consciência, que foi manifestado pelo papado, quando no passado ele perseguiu os que ousaram recusar conformar-se aos ritos e cerimônias religiosas dos romanistas. ME3 392 5 Na peleja a ser travada nos últimos dias estarão unidos, em oposição ao povo de Deus, todos os poderes corruptos que apostataram da lealdade à lei de Jeová. Nessa peleja, o sábado do quarto mandamento será o grande ponto em litígio, pois no mandamento do sábado o grande Legislador Se identifica como o Criador dos céus e da Terra. ... ME3 393 1 No Apocalipse lemos o seguinte a respeito de Satanás: "Opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à Terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a Terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a Terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu, e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que, não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome." Apocalipse 13:13-17. ... ME3 393 2 "Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande dia do Deus todo-poderoso. Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha." Cap. 16:13-15. ME3 393 3 Satanás dará a impressão de ser bem-sucedido -- Todas as coisas na Natureza e no mundo em geral estão impregnadas de intensa seriedade. Satanás, em cooperação com os seus anjos e com homens maus, fará todo esforço para obter a vitória, e dará a impressão de ser bem-sucedido. Mas a verdade e a justiça sairão triunfantes e vitoriosas nesse conflito. Os que creram numa mentira serão derrotados, pois os dias de apostasia chegarão ao fim. -- Manuscrito 24, 1891. Conselho a respeito de questões da lei dominical ME3 394 1 Em nossa associação surgiram questões que requerem cuidadosa atenção: Se os observadores do sábado nos Estados do Sul, onde eles estão sujeitos a sentir o poder opressor de suas leis estaduais caso trabalhem no domingo, devem descansar no domingo para evitar a perseguição que ocorrerá se fizerem algum trabalho. Alguns de nossos irmãos parecem estar ansiosos de que seja tomada uma resolução pela Associação Geral, recomendando que nossos irmãos observadores do sábado sujeitos a prisão e multas se abstenham do trabalho nesse dia. Tais resoluções não deviam ser colocadas diante desta associação, requerendo sua ação. ME3 394 2 Há questões às quais é muito melhor dar o mínimo de notoriedade possível, tanto num caso como no outro -- a favor ou contra. ... ME3 394 3 Deus dará luz e conhecimento quando for necessário -- Quando a questão do domingo for legislada para que se torne uma lei, não haverá tão grande perigo de tomar medidas que não sejam de molde a receber a sanção do Céu..., pela razão de que o Senhor concede luz e conhecimento precisamente quando isto é mais necessário. ... ME3 394 4 Embora todos os observadores do sábado estejam ansiosos e perturbados, procurando penetrar os mistérios do futuro e aprender tudo que puderem a respeito da posição correta que devem tomar, tende o cuidado de que eles sejam aconselhados corretamente quanto à observância do domingo. ... Sempre há o perigo de ir a extremos. ... ME3 394 5 Se for tomada a decisão de que nosso povo não deve trabalhar no domingo e de que nossos irmãos nos Estados do Sul devem dar a impressão de harmonizar-se com a lei dominical, devido à opressão, quanto tempo levará para que em todas as partes do mundo [nosso povo] se encontre em circunstâncias semelhantes àquelas em que eles se encontram no Sul? A decisão será universal. Se ela vier à luz do dia pouco a pouco, como de fato sucederá, e houver concessões e submissão servil a um falso deus por parte daqueles que afirmam ser observadores do sábado, haverá um abandono de princípios até que tudo esteja perdido para eles. ME3 395 1 Se os aconselharmos a não respeitar o falso sábado exaltado para tomar o lugar do sábado do Senhor nosso Deus, instruí-os então neste assunto de maneira tranqüila e não incentiveis nenhum desafio aos poderes da lei, em palavras ou ações, a menos que vos seja ordenado fazê-lo para a honra de Deus, a fim de vindicar Sua espezinhada lei. Não haja nenhum ato desnecessário que desperte o espírito combativo ou as paixões dos oponentes. ... ME3 395 2 Não deve haver motivo justo para nossos inimigos nos acusarem de ser desordeiros e de desafiar as leis por meio de qualquer imprudência de nossa parte. Não devemos achar que nos é imposta a obrigação de irritar nossos vizinhos que reverenciam o domingo, fazendo decididos esforços para expor intencionalmente o trabalho nesse dia diante deles, a fim de manifestar independência. ... ME3 395 3 Não deve haver demonstrações ruidosas. Consideremos quão pavoroso e terrivelmente triste é o engano que tem cativado o mundo, e por todo meio ao nosso alcance procuremos esclarecer os que são nossos piores inimigos. Se houver a aceitação dos princípios da operação do Espírito Santo no íntimo, que... [o cristão] precisa ter a fim de habilitá-lo para o Céu, ele não fará nada precipitada ou presunçosamente para provocar ira e blasfêmia contra Deus. ... ME3 395 4 A maneira como tratais a questão do Sábado é decisiva -- Há alguns testemunhos probantes que devem ser dados corajosamente pelos observadores do sábado, e algumas perseguições cruéis que terão finalmente de ser suportadas. ... Não sejam aprovadas aqui resoluções que incentivem o serviço insincero ou o ato de ocultar covardemente nossa luz debaixo do alqueire ou da cama, pois certamente seremos experimentados e provados. ... Estai certos de que o sábado é uma questão de prova, e a maneira como tratais esta questão vos coloca do lado de Deus ou do lado de Satanás. O sinal da besta será apresentado nalguma forma a toda instituição e a todo indivíduo. ... ME3 396 1 Todo movimento desde o primeiro efetuado por Satanás foi o começo de sua obra que continuará até o fim, para exaltar o que é falso, para tomar o lugar do autêntico sábado de Jeová. Ele está tão absorto agora e mais resolvido a fazer isso do que antes. Ele desceu com grande poder para enganar aqueles que habitam na Terra com os seus embustes satânicos. ... ME3 396 2 Ao enfrentarmos a emergência, a lei de Deus torna-se mais preciosa, mais sagrada, e quando ela é invalidada e posta de lado de modo mais manifesto, nosso respeito e reverência pela lei deve aumentar em proporção com isso. ... ME3 396 3 No desempenho da longanimidade de Deus, Ele concede às nações certo período de graça, mas há um ponto em que, se elas o passarem, haverá a visitação de Deus em Sua indignação. Ele punirá. O mundo tem avançado de um grau de desprezo pela lei de Deus para outro, e esta oração pode ser apropriada neste tempo: "Já é tempo, Senhor, para intervires, pois eles violaram a Tua lei." Salmos 119:126. ME3 396 4 Os indivíduos devem assumir a responsabilidade -- Ninguém faça alguma afirmação jactanciosa, por preceito ou exemplo, para mostrar que está desafiando as leis do país. Não tomeis nenhuma resolução sobre o que as pessoas em diferentes Estados devem fazer ou deixar de fazer. Não seja efetuada coisa alguma que diminua a responsabilidade individual. Eles devem ficar em pé ou cair para o seu Deus. Ninguém julgue ser seu dever fazer discursos na presença de nosso próprio povo, ou de nossos inimigos, que despertem sua combatividade, e eles tomem vossas palavras e as interpretem de tal modo que sejais acusados de ser rebeldes ao governo, pois isto fechará a porta de acesso ao povo. ... ME3 396 5 Conquanto não possamos dobrar-nos diante de um poder arbitrário para exaltar o domingo submetendo-nos a ele, conquanto não violemos o sábado, o que um poder despótico procurará compelir-nos a fazer, seremos prudentes em Cristo. ... Não devemos proferir palavras que nos causem dano, pois isso já seria suficientemente mau, mas quando proferis palavras e quando fazeis coisas presunçosas que põem em perigo a Causa de Deus, estais realizando uma obra cruel, dando vantagem a Satanás. Não devemos ser precipitados e impetuosos, mas sempre aprender de Jesus como agir em Seu espírito, apresentando a verdade como é em Jesus. ... ME3 397 1 Medidas apressadas e imprudentes -- Um homem indiscreto, temperamental e obstinado, causará considerável dano na grande questão que nos é apresentada. Com efeito, ele deixará tal impressão que toda a força dos Adventistas do Sétimo Dia não conseguiria neutralizar os seus atos de presunção, porque Satanás, o arquienganador, o grande rebelde, está iludindo as mentes quanto ao verdadeiro problema da grande questão e sua significação eterna. ... ME3 397 2 Há os que, por meio de medidas apressadas e imprudentes, irão trair a Causa de Deus, deixando-a em poder do inimigo. Haverá homens que procurarão desforrar-se, que se tornarão apóstatas e que trairão a Cristo na pessoa de Seus santos. Todos precisam aprender discrição; então, ao contrário de ser conservador, há o perigo de favorecer o inimigo em concessões. ... ME3 397 3 Seja o que for que façamos para enaltecer o espúrio em lugar do sábado verdadeiro e genuíno, é desleal para Deus, e precisamos agir com muito cuidado, para não exaltar as decisões do homem do pecado. Não devemos encontrar-nos numa posição neutra neste assunto de tão grande importância. ... ME3 397 4 Perseguição na batalha antes do conflito final -- Os dois exércitos permanecerão distintos e separados, e essa distinção será tão acentuada que muitos que estarão convencidos da verdade colocar-se-ão ao lado do povo que guarda os mandamentos de Deus. Quando essa grandiosa obra ocorrer na batalha, antes do conflito final, muitos serão encarcerados, muitos fugirão das cidades e vilas para salvar a vida, e muitos serão mártires por amor a Cristo, colocando-se em defesa da verdade. ... Não sereis tentados acima do que sois capazes de suportar. Jesus suportou tudo isso e muito mais. ... ME3 398 1 Trabalho de lobos disfarçados em ovelhas -- Haverá, mesmo entre nós, mercenários e lobos disfarçados em ovelhas que persuadirão [alguns do] rebanho de Deus a sacrificar a outros deuses diante do Senhor. ... Jovens que não se acham estabelecidos, arraigados e firmados na verdade serão corrompidos e desencaminhados pelos condutores cegos dos cegos; e os ímpios, os desdenhadores que duvidam e perecem, que desprezam a soberania do Ancião de Dias e colocam um falso deus sobre o trono, um ser de sua própria invenção, um ser completamente tal qual eles mesmos -- estes instrumentos estarão nas mãos de Satanás para corromper a fé dos incautos. Os comodistas zombarão dos fiéis ME3 398 2 Os que têm sido comodistas e propensos a ceder ao orgulho, à moda e à ostentação escarnecerão das pessoas conscienciosas que amam a verdade e temem a Deus, e nesse afã zombarão do próprio Deus. ... ME3 398 3 No nome do Senhor aconselho todo o Seu povo a ter confiança em Deus e a não começar agora a preparar-se para encontrar uma posição confortável nalguma emergência no futuro, mas deixar que Deus faça os preparativos para a emergência. ... ME3 398 4 Nossa força será como os nossos dias -- Quando o cristão está na expectativa de deveres e severas provações que ele espera que lhe sobrevenham, devido a sua profissão de fé cristã, é humano e natural pensar nas conseqüências e esquivar-se às perspectivas, e isto será decididamente assim ao nos aproximarmos do fim da história terrestre. Podemos ser animados pela veracidade da Palavra de Deus, por Cristo nunca haver abandonado Seus filhos como o seu seguro Dirigente na hora de sua provação; pois temos o relato verídico dos que estiveram sob os poderes opressivos de Satanás, de que Sua graça corresponde a seus dias. Deus é fiel, e não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças. ... ME3 398 5 Poderá haver grandes montanhas de dificuldades quanto à maneira de satisfazer os reclamos de Deus e não assumir uma posição de desafio às leis do país. [O crente] não deve estar fazendo amplas provisões para si mesmo para proteger-se contra a provação, pois ele é somente o instrumento de Deus e deve avançar com um só propósito, guarnecendo dia a dia sua mente e alma, para que não sacrifique um só princípio de sua integridade, mas não faça afirmações jactanciosas e ameaças, nem diga o que irá fazer ou deixar de fazer. Pois não sabe o que irá fazer até que seja provado. ... ME3 399 1 Não devemos irritar os vizinhos que observam o domingo -- Devemos andar constantemente com toda a humildade. Não deve haver nenhum motivo justo para nossos inimigos nos acusarem de ser desordeiros e desafiar as leis devido a alguma imprudência de nossa parte. Não devemos achar que temos a obrigação de irritar nossos vizinhos que veneram o domingo, fazendo decididos esforços para expor intencionalmente diante deles o trabalho realizado nesse dia, a fim de demonstrar independência. Nossas irmãs não precisam escolher o domingo como o dia para mostrarem a lavagem de roupa. Não deve haver demonstrações ruidosas. Consideremos quão pavoroso e terrivelmente triste é o engano que tem cativado o mundo, e por todo meio ao nosso alcance procuremos esclarecer os que são nossos piores inimigos. Se houver a aceitação dos princípios da operação do Espírito Santo no íntimo, que... [o cristão] precisa ter a fim de habilitá-lo para o Céu, ele não fará nada precipitada ou presunçosamente para provocar ira e blasfêmia contra Deus. ME3 399 2 Não haverá mortes entre o povo de Deus depois que terminar o tempo da graça -- Depois que Jesus Se levantar do trono mediatório, todo caso estará decidido, e a opressão e a morte que sobreviessem ao povo de Deus não seriam então um testemunho a favor da verdade. ... ME3 399 3 Instamos convosco para que considereis este perigo: Aquilo que mais temos de temer é o cristianismo nominal. Temos muitos que professam a verdade, os quais serão vencidos porque não estão familiarizados com o Senhor Jesus Cristo. Não podem distinguir Sua voz da de um estranho. Não deve haver receio de que alguém seja derrotado, mesmo em meio de ampla apostasia, se ele tem uma viva experiência no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Se Jesus é formado no íntimo, a esperança da glória, tanto o indouto como o instruído podem dar testemunho de nossa fé, dizendo: "Sei em quem tenho crido." Alguns não serão capazes, na argumentação, de mostrar em que ponto seu adversário está errado, pois nunca tiveram algumas vantagens que outros tiveram; contudo, estes não são dominados pela apostasia, porque têm a prova em seu próprio coração de que possuem a verdade, e os argumentos mais sutis e os ataques de Satanás não podem afastá-los de seu conhecimento da verdade, e eles não têm nenhuma dúvida ou temor de estarem em erro. ... ME3 400 1 Quando a devassidão, a heresia e a incredulidade encherem a Terra, haverá muitos lares humildes em que a oração -- oração sincera e contrita -- será oferecida pelos que nunca ouviram a verdade, e haverá muitos corações que levarão um peso de opressão pela desonra causada a Deus. Somos demasiado tacanhos em nossas idéias, somos juízes deficientes, pois muitas dessas pessoas serão aceitas por Deus porque apreciam todo raio de luz que incidiu sobre elas. -- Manuscrito 6, 1889. Pagar multa se isto livrar do opressor ME3 400 2 Homens são inspirados por Satanás para executar os seus propósitos contra Deus. O Senhor disse: "Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações." Êxodo 31:13. Ninguém deve desobedecer a esta ordem para evadir-se da perseguição. Todos considerem, porém, as palavras de Cristo: "Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra." Mateus 10:23. Se puder ser evitado, não vos coloqueis em poder de homens que são dominados pelo espírito do Anticristo. Se o pagamento de uma multa livrar nossos irmãos das mãos de seus opressores, que ela seja paga, de preferência a serem pressionados e obrigados a trabalhar no sábado. Devemos fazer tudo que pudermos para que aqueles que estão dispostos a sofrer por causa da verdade sejam libertos da opressão e crueldade. ... ME3 400 3 Quando homens sob convicção resistem à luz, seguem suas próprias inclinações e apreciam mais a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus, eles procedem como muitos no tempo de Cristo. ... ME3 401 1 Os Mandamentos não devem ser desprezados por amor à comodidade -- Cristo é nosso exemplo. A determinação do Anticristo de levar a cabo a rebelião que ele começou no Céu continuará a operar nos filhos da desobediência. Sua inveja e ódio contra os que obedecem ao quarto mandamento tornar-se-ão cada vez mais intensos. Mas o povo de Deus não deve ocultar o seu estandarte. Eles não devem desprezar os mandamentos de Deus e, por amor à comodidade, acompanhar a multidão para fazer o mal. Devem ter o cuidado de não condenar seus irmãos na fé que são firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor. ... ME3 401 2 Os que abandonam a Deus para salvar sua vida serão abandonados por Ele. Ao procurar salvar a vida renunciando à verdade, eles perderão a vida eterna. ME3 401 3 O afeto natural por parentes e amigos não deve levar alguma alma que vê a luz, a rejeitá-la, a desonrar a Deus, o Pai, e a Jesus Cristo, Seu Filho unigênito. Será concebido todo pretexto possível para desobediência pelos homens que preferem, como muitos no tempo de Cristo, a aprovação dos homens à aprovação de Deus. Se alguém escolhe a esposa ou os filhos, o pai ou a mãe, antes que a Cristo, essa escolha permanecerá pelos séculos eternos, com todo o seu peso de responsabilidade. ... ME3 401 4 A alma que teve luz a respeito do sábado do Senhor, Sua lembrança da criação, e, para livrar-se de incômodos e vitupérios, resolveu continuar sendo desleal, vendeu a seu Senhor. Desonrou o nome de Cristo. Tomou posição com os exércitos do Anticristo; junto com eles, no último grande dia, encontrar-se-á fora da cidade de Deus, e não com os leais, sinceros e justos no reino celestial. ME3 401 5 Todos os que têm fé genuína serão experimentados e provados. Talvez tenham de abandonar casas e terras, e mesmo os próprios parentes, devido a cruel oposição. "Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra -- disse Cristo; -- porque... não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do homem." Mateus 10:23. ME3 402 1 O anticristo -- os que se exaltam contra Deus -- sentirão Sua ira -- Quanto maior a influência do homem para o bem, sob o domínio do Espírito de Deus, tanto mais resolvido será o inimigo a manifestar sua inveja e ciúme contra ele por meio de perseguição religiosa. Todo o Céu está, porém, ao lado de Cristo, não do Anticristo. Os que amam a Deus e estão dispostos a ser participantes com Cristo em Seus sofrimentos, serão honrados por Deus. O Anticristo, representando todos os que se exaltam contra a vontade e a obra de Deus, no tempo designado sentirá a ira dAquele que a Si mesmo Se deu para que não pereçam, mas tenham a vida eterna. Todos os que perseveram na obediência, todos os que não venderem a alma por dinheiro ou pela aprovação de homens, serão inscritos por Deus no livro da vida. -- Manuscrito 9, 1900. ------------------------Capítulo 56 -- Ao nos aproximarmos do fim Mensagens ilusórias serão aceitas por muitos ME3 403 1 Provai tudo antes que seja apresentado ao rebanho de Deus. ... Em mensagens que pretendem ser do Céu serão feitas expressões ilusórias, e se a influência dessas coisas for aceita, ela conduzirá a movimentos exagerados, planos e maquinações que introduzirão as próprias coisas que Satanás quer que se generalizem -- um espírito estranho, um espírito imundo, sob as vestes de santidade; um espírito forte para dominar tudo. Entrará o fanatismo, e estará tão mesclado e entretecido com as operações do Espírito de Deus, que muitos aceitarão tudo isso como proveniente de Deus, sendo assim enganados e desencaminhados. ME3 403 2 Freqüentemente são feitas fortes declarações por nossos irmãos que transmitem a mensagem de misericórdia e advertência ao nosso mundo, que seria melhor se fossem reprimidas. ... Não seja expressa nenhuma palavra que suscite o espírito de represália nos oponentes da verdade. Não se faça coisa alguma que desperte o espírito semelhante ao do dragão, pois ele se revelará bem depressa e em todo o seu caráter de dragão, contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. ... ME3 403 3 Confrontados com nossas palavras proferidas descuidadamente -- Chegará o tempo em que teremos de comparecer perante reis e governadores, magistrados e potestades, em defesa da verdade. Então será uma surpresa para essas testemunhas verificar que suas posições, suas palavras e as expressões feitas de maneira descuidada ou irrefletida, ao atacar o erro ou promover a verdade -- expressões que eles não imaginavam que seriam lembradas -- serão reproduzidas, e eles irão ser confrontados com elas, e seus inimigos terão vantagem, dando sua própria interpretação a essas palavras proferidas irrefletidamente. ... ME3 404 1 Como Satanás procederá para enganar -- Ocorrerão muitas coisas destinadas a enganar-nos, contendo alguns indícios de verdade. Logo que sejam apresentadas como o grande poder de Deus, Satanás estará a postos para inserir aquilo que ele preparou para desviar as almas da verdade para este tempo. ME3 404 2 Alguns aceitam e propagam o erro, e quando vem a repreensão que coloca as questões na verdadeira luz, os que tiveram pouca experiência e que desconhecem as freqüentes operações de Satanás lançam fora com o refugo do erro aquilo que era verdade para eles. Assim a luz e as advertências que Deus dá para este tempo perdem o efeito. ... ME3 404 3 Falsas mensagens serão atribuídas a Ellen White -- Toda mensagem concebível está vindo para deturpar a obra de Deus, e sempre contém a inscrição de verdade no seu estandarte. E os que são propensos a aceitar tudo que é novo e sensacional manejarão essas coisas de tal modo que nossos inimigos atribuirão tudo que é incoerente e exagerado à Sra. E. G. White, a profetisa. ... ME3 404 4 Haverá mensagens espúrias provenientes de pessoas em todas as direções. Levantar-se-á um após o outro, parecendo ser inspirado, quando eles não têm a inspiração do Céu, mas estão sob o engano do inimigo. Todos os que aceitarem suas mensagens serão desencaminhados. Portanto, andemos circunspectamente, e não abramos as portas de par em par para o inimigo entrar por meio de impressões, sonhos e visões. Deus nos ajude a olhar com fé para Jesus e ser guiados pelas palavras proferidas por Ele. -- Carta 66, 1894. Firmeza, mas não provocação ME3 405 1 Devemos fixar o olhar da fé firmemente em Jesus. Quando chegarem os dias, como certamente acontecerá, em que será invalidada a lei de Deus, o zelo dos fiéis e leais deve elevar-se com a emergência, sendo mais caloroso e decidido, e o seu testemunho deve ser mais positivo e inflexível. Mas não devemos fazer nada com um espírito provocador, e não o faremos, se nosso coração estiver inteiramente entregue a Deus. ... ME3 405 2 A ira de Satanás contra as três mensagens angélicas -- O terceiro anjo é representado voando no meio do céu, simbolizando a obra dos que proclamam a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas; todas estão ligadas. As evidências da duradoura e sempre viva verdade dessas grandiosas mensagens que tanto significam para nós e que têm despertado tão intensa oposição do mundo religioso, não estão extintas. Satanás procura constantemente lançar sua sombra infernal sobre estas mensagens, para que o povo remanescente de Deus não discirna claramente sua importância -- seu tempo e lugar -- mas elas vivem e devem exercer seu poder sobre a nossa experiência religiosa enquanto durar o tempo. ... ME3 405 3 Diz o Revelador: "Vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória. Então exclamou com potente voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia." Apocalipse 18:1, 2. Esta é a mesma mensagem que foi dada pelo segundo anjo -- caiu Babilônia, porque "tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição". Cap. 14:8. Que é esse vinho? Suas falsas doutrinas. Ela tem dado ao mundo um falso sábado em lugar do sábado do quarto mandamento, e tem repetido a mentira que Satanás proferiu primeiro para Eva no Éden -- a imortalidade natural da alma. Ela tem espalhado por toda parte muitos erros semelhantes, "ensinando doutrinas que são preceitos de homens". ME3 405 4 Dois apelos distintos às igrejas -- Quando Jesus começou o Seu ministério público, Ele purificou o templo de sua profanação sacrílega. Quase o último ato de Seu ministério foi purificar novamente o templo. Assim, na última obra para advertência do mundo, dois apelos distintos são feitos às igrejas; a mensagem do segundo anjo e a voz ouvida no céu: "Retirai-vos dela, povo Meu...; porque os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela praticou." Apocalipse 18:4, 5. ME3 406 1 Assim como Deus chamou os filhos de Israel para fora do Egito, para que pudessem guardar Seu sábado, Ele também chama Seu povo para fora de Babilônia, para que não adorem a besta e sua imagem. O homem do pecado, que pensou em mudar os tempos e as leis, se exaltou acima de Deus ao apresentar ao mundo esse sábado espúrio; o mundo cristão aceitou este filho do papado, embalando-o e acalentando-o, desafiando assim a Deus ao remover o Seu monumento comemorativo e estabelecendo um sábado rival. ME3 406 2 Um esforço mais decidido para exaltar o domingo -- Depois que a verdade for proclamada como testemunho a todas as nações, num tempo em que todo poder do mal concebível será posto em operação, e em que as mentes forem confundidas por muitas vozes clamando: "Eis aqui o Cristo!", "Ei-Lo ali!", "Isto é verdade", "Tenho uma mensagem de Deus", "Ele me enviou com grande luz", e forem removidos os marcos e houver uma tentativa para demolir as colunas de nossa fé -- então será feito um esforço mais decidido para exaltar o falso sábado e para lançar ignomínia sobre o próprio Deus, suplantando o dia que Ele abençoou e santificou. ME3 406 3 Enquanto Satanás trabalha, o anjo de Apocalipse 18 proclama sua mensagem -- Esse falso sábado será imposto por uma lei opressiva. Satanás e seus anjos estão bem despertos e intensamente ativos, trabalhando com energia e perseverança por meio de instrumentalidades humanas para efetuar o seu propósito de obliterar o conhecimento de Deus. Enquanto Satanás está operando com os seus prodígios de mentira, chegou o tempo [que foi] predito no Apocalipse, em que o poderoso anjo que iluminará a Terra com a sua glória proclamará a queda de Babilônia e recomendará que o povo de Deus a abandone. ... ME3 407 1 Reparadores das brechas -- À medida que se aproxima o fim, os testemunhos dos servos de Deus tornar-se-ão mais decididos e mais poderosos, lançando a luz da verdade sobre os sistemas de erro e opressão que por tanto tempo têm mantido a supremacia. O Senhor nos enviou mensagens para este tempo, a fim de estabelecer o cristianismo sobre uma base eterna, e todos os que crêem na verdade presente devem firmar-se, não em sua própria sabedoria, mas em Deus; e levantar o fundamento de muitas gerações. Estes serão inscritos nos livros do Céu como reparadores das brechas e restauradores de veredas para que o país se torne habitável. Devemos manter a verdade porque é verdade, em face da mais acerba oposição. ME3 407 2 Tentações cairão sobre nós. A iniquidade avulta onde menos se espera. Abrir-se-ão capítulos escuros que são mui terríveis, para acabrunhar a alma; mas não precisamos fracassar nem ficar desalentados enquanto soubermos que o arco da promessa está acima do trono de Deus. ME3 407 3 Estaremos sujeitos a pesadas provações, oposição, perdas, aflições; mas sabemos que Jesus passou por tudo isso. Estas experiências são valiosas para nós. As vantagens de modo algum se restringem a esta curta vida. Estendem-se pelos séculos eternos. ... ME3 407 4 Ao nos aproximarmos do fim da história terrestre, avançaremos cada vez mais rapidamente no crescimento cristão, ou retrocederemos com a mesma intensidade. -- Carta 1f, 1890. Adventistas do Sétimo Dia apostatados se unem com incrédulos ME3 407 5 Satanás é inimigo pessoal de Cristo. ... Por muito tempo tem enganado a humanidade, e grande é o seu poder sobre a família humana; e o seu furor contra o povo de Deus aumenta quando ele percebe que o conhecimento dos requisitos de Deus se estende a todas as partes do mundo e que a luz da verdade presente está incidindo sobre os que há muito tempo se achavam em trevas. ... ME3 407 6 A Palavra de Deus... deve ser nossa defesa quando Satanás opera com tais prodígios da mentira que, se fosse possível, ele enganaria os próprios eleitos. Então aqueles que não defenderam firmemente a verdade se unirão com os incrédulos, que amam e proferem a mentira. Quando forem realizados esses prodígios, quando forem curados os doentes e realizadas outras maravilhas, eles serão enganados. Estamos preparados para os tempos perigosos que se acham precisamente à nossa frente? Ou nos encontramos onde nos tornaremos fácil presa dos ardis do diabo? -- Manuscrito 81, 1908. Uma ciência do diabo ME3 408 1 Que nos sobrevirá em breve? Estão aparecendo espíritos sedutores. Se Deus já falou por meu intermédio, em breve ouvireis falar de uma maravilhosa ciência -- uma ciência do diabo. Seu objetivo será desprezar a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Alguns exaltarão essa falsa ciência, e por meio deles Satanás procurará invalidar a lei de Deus. Grandes milagres serão realizados diante dos homens em favor dessa maravilhosa ciência. -- Carta 48, 1907. Chegou o tempo da apostasia ME3 408 2 O fim de todas as coisas está próximo. Os sinais cumprem-se rapidamente, mas parece que bem poucos compreendem que o dia do Senhor está chegando, rápida e silenciosamente, como ladrão de noite. Muitos estão dizendo: "Paz e segurança." A menos que estejam vigiando e à espera de seu Senhor, como que serão apanhados num laço. ... ME3 408 3 "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." 1 Timóteo 4:1. Chegou o tempo dessa apostasia. Será feito todo esforço concebível para lançar dúvida sobre as posições que temos mantido durante mais de meio século. ... ME3 408 4 Fogo do céu -- Os que procuram milagres como sinal da orientação divina estão em grave perigo de ser enganados. É declarado na Palavra que o inimigo operará por meio de seus instrumentos que se afastaram da fé, e eles aparentemente realizarão milagres, chegando a fazer descer fogo do céu, à vista dos homens. Por meio de "prodígios da mentira" Satanás enganaria, se possível, os próprios eleitos. -- Carta 410, 1907. Anjos segurarão os quatro ventos até depois do selamento ME3 409 1 Anjos estão segurando os quatro ventos, representados como um cavalo furioso procurando soltar-se, e arremeter sobre a face de toda a Terra, levando destruição e morte em sua esteira. ... ME3 409 2 Digo-vos no nome do Senhor Deus de Israel que todas as influências maléficas e desalentadoras estão sendo dominadas por mãos de anjos invisíveis, até que todos os que labutam no temor e amor de Deus sejam selados em suas frontes. -- Carta 138, 1897. Satanás e seus anjos se unem com apóstatas ME3 409 3 Satanás e seus anjos aparecerão na Terra como homens e andarão em companhia daqueles de quem a Palavra de Deus diz o seguinte: "Alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios." 1 Timóteo 4:1. -- Carta 147, 1903. A obra de professores independentes ME3 409 4 Segundo aquilo que aprouve ao Senhor mostrar-me, sempre surgirão tais indivíduos e muitos outros como eles, alegando ter nova luz, a qual é uma questão secundária, uma cunha de entrada. A abertura se ampliará até ser causada uma brecha entre os que aceitam esses conceitos e os que crêem na terceira mensagem angélica. ME3 409 5 Logo que são aceitas essas novas idéias, há um afastamento daqueles a quem Deus tem usado nesta obra, pois a mente começa a duvidar e a apartar-se dos dirigentes, porque Deus os pôs de lado e escolheu homens "mais humildes" para realizar Sua obra. Esta é a única interpretação que eles podem dar a este assunto, quando os dirigentes não vêem essa luz importante. ME3 410 1 Deus está despertando uma classe de pessoas para dar o alto clamor da terceira mensagem angélica. ... O objetivo de Satanás agora é suscitar novas teorias para desviar a mente da verdadeira obra e da genuína mensagem para este tempo. Ele incita as mentes a dar uma falsa interpretação da Escritura, um alto clamor espúrio, para que a mensagem autêntica não tenha seu efeito quando ela vier. Esta é uma das maiores evidências de que o alto clamor logo será ouvido e a Terra se iluminará com a glória de Deus. -- Carta 20, 1884. Anjos maus na forma de crentes trabalharão em nossas fileiras ME3 410 2 Foi-me mostrado que anjos maus na forma de crentes trabalharão em nossas fileiras para introduzir um forte espírito de descrença. Não permitais que nem isto vos desanime, mas apresentai um coração sincero para auxílio do Senhor contra os poderes de instrumentalidades satânicas. ME3 410 3 Esses poderes do mal se ajuntarão em nossas reuniões, não para receber uma bênção, mas para neutralizar as influências do Espírito de Deus. Não aceiteis nenhuma observação que eles possam fazer, mas repeti as ricas promessas de Deus, as quais são sim e amém em Cristo Jesus. ME3 410 4 Nunca devemos captar as palavras que lábios humanos possam proferir para confirmar os anjos maus em sua obra, mas devemos repetir as palavras de Cristo. Ele foi o Instrutor nas assembléias desses anjos antes que caíssem de sua elevada posição. -- Carta 46, 1909. ME3 410 5 Temos grandes e solenes verdades para dar ao mundo, e elas não devem ser proclamadas de maneira hesitante e vacilante. A trombeta deve dar um sonido certo. Alguns virão para ouvir a estranha mensagem movidos pela curiosidade; outros, com o anseio de receber verdadeiro conhecimento, farão a pergunta: "Que farei para herdar a vida eterna?" Marcos 10:17. ME3 410 6 Assim os homens iam ter com Cristo. E entre os Seus ouvintes havia anjos [maus] na forma de homens, fazendo suas sugestões, criticando, aplicando mal e deturpando as palavras do Salvador. ... ME3 411 1 Neste tempo anjos maus em forma humana falarão com os que conhecem a verdade. Eles interpretarão mal e desvirtuarão as declarações dos mensageiros de Deus. ... ME3 411 2 Os Adventistas do Sétimo Dia esqueceram a advertência dada no sexto capítulo de Efésios? Estamos empenhados numa peleja contra as hostes das trevas. A menos que sigamos nosso Dirigente bem de perto, Satanás obterá a vitória sobre nós. -- Carta 140, 1903. Apostasias que nos surpreenderão ME3 411 3 No futuro, assim como sucedeu no passado, veremos toda a espécie de desenvolvimento de caráter. Testemunharemos a apostasia de homens nos quais tínhamos confiança e que supúnhamos ser tão firmes aos princípios como o aço. ME3 411 4 Acontece alguma coisa para prová-los, e eles são derrotados. Se tais homens caem, dizem alguns, "em quem podemos confiar?" Esta é a tentação que Satanás apresenta para destruir a confiança dos que estão-se esforçando para andar no caminho estreito. Aqueles que caem corromperam evidentemente o seu caminho diante do Senhor, e constituem sinais de advertência, ensinando aos que professam crer na verdade que só a Palavra de Deus pode fazer com que as pessoas permaneçam firmes no caminho da santidade ou livrá-las da culpa. ... ME3 411 5 Certifique-se toda alma, qualquer que seja a sua esfera de ação, de que a verdade se acha implantada no coração pelo poder do Espírito de Deus. A menos que isto seja assegurado, os que pregam a Palavra trairão depósitos sagrados. ME3 411 6 Médicos serão tentados e naufragarão na fé. Advogados, juízes, senadores tornar-se-ão corruptos, e, entregando-se ao suborno, deixar-se-ão comprar e vender. -- Manuscrito 154, 1898. Os apóstatas usarão o hipnotismo ME3 411 7 Chegou o tempo em que, mesmo na igreja e em nossas instituições, alguns apostatarão da fé, dando atenção a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Deus cuidará, porém, do que foi entregue aos Seus cuidados. Cheguemo-nos a Ele, para que Ele possa chegar-Se a nós. Demos um claro e sincero testemunho, diretamente ao ponto, de que o hipnotismo está sendo usado pelos que apostataram da fé, e de que não devemos emparelhar-nos com eles. Por meio dos que apostatam da fé será exercido o poder do inimigo para desencaminhar a outros. -- Carta 237, 1904. "Uni-vos! uni-vos!" ME3 412 1 O último grande conflito está diante de nós, mas virá ajuda para todos os que amam a Deus e obedecem a Sua lei, e a Terra, a Terra toda, será iluminada com a glória de Deus. "Outro anjo" descerá do Céu. Este anjo representa o alto clamor, o qual procederá dos que estão-se preparando para clamar poderosamente, com forte voz: "Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável." Apocalipse 18:1, 2. ME3 412 2 Temos uma mensagem probante para ser transmitida, e sou instruída a dizer para o nosso povo: "Uni-vos! Uni-vos!" Mas não devemos unir-nos com os que apostatam da fé, dando atenção a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Com coração amável, bondoso e sincero, devemos sair para proclamar a mensagem, não dando atenção aos que se afastam da verdade. -- Manuscrito 31, 1906. ------------------------Capítulo 57 -- A última grande luta ME3 413 1 Fui impelida pelo Espírito do Senhor a escrever esse livro [O Grande Conflito]. ... Eu sabia que o tempo era curto e que as cenas que logo se amontoarão sobre nós por fim ocorreriam mui repentina e rapidamente, segundo é representado nas palavras da Escritura: "O dia do Senhor vem como ladrão de noite." 1 Tessalonicenses 5:2. ME3 413 2 O Senhor me apresentou assuntos que são de urgente importância para o tempo presente, e que se estendem ao futuro. ... Foi-me assegurado que não havia tempo para perder. Os apelos e as advertências precisam ser dados. Nossas igrejas têm de ser despertadas, têm de ser instruídas, para que dêem a advertência a todos aqueles a quem conseguirem alcançar, declarando que vem a espada, que a ira do Senhor sobre um mundo dissoluto não será adiada por muito tempo. Foi-me mostrado que muitos atenderiam à advertência. Sua mente seria preparada para discernir as próprias coisas que ela lhes indicava. ME3 413 3 Foi-me mostrado... que a advertência teria de ir aonde o mensageiro vivo não conseguiria chegar, e que chamaria a atenção de muitos para os importantes acontecimentos que ocorrerão nas cenas finais da história deste mundo. ME3 413 4 Acontecimentos futuros mostrados a Ellen White -- Quando me foi exposta a condição da Igreja e do mundo, e contemplei as terríveis cenas que se acham precisamente diante de nós, fiquei alarmada com a perspectiva; e noite após noite, enquanto todos na casa estavam dormindo, escrevi detalhadamente as coisas que Deus me deu. Foram-me mostradas as heresias que haviam de surgir, os enganos que prevaleceriam, o poder de Satanás para operar milagres -- os falsos cristos que aparecerão -- que enganarão a maior parte, mesmo do mundo religioso, e que, se possível, desviariam os próprios eleitos. ... ME3 414 1 As advertências e instruções desse livro são necessárias a todos os que professam crer na verdade presente, e o livro é apropriado para ir também ao mundo, chamando sua atenção para as cenas solenes que se acham precisamente diante de nós. -- Carta 1, 1890. A aflição à frente ME3 414 2 Será permitido que os opressores triunfem durante algum tempo -- Com piedade e compaixão, com terna solicitude, o Senhor está olhando para o Seu povo tentado e provado. Durante algum tempo será permitido que os opressores triunfem sobre os que conhecem os santos mandamentos de Deus. A todos é concedida a mesma oportunidade que foi outorgada ao primeiro grande rebelde, para demonstrar o espírito que os impele à ação. É o desígnio de Deus que cada um seja experimentado e provado, para ver se ele será leal ou desleal às leis que governam o reino do Céu. Até o fim Deus permite que Satanás revele seu caráter como mentiroso, acusador e assassino. Assim o triunfo final do Seu povo tornar-se-á mais acentuado, mais glorioso, mais cabal e completo. ... ME3 414 3 O povo de Deus deve estar bem desperto, não confiando em sua própria sabedoria, mas inteiramente na sabedoria do seu Dirigente. Devem reservar dias para jejum e oração. ... ME3 414 4 Aproximamo-nos da crise -- Aproximamo-nos da mais importante crise que já sobreveio ao mundo. Se não estivermos bem despertos e vigilantes, ela se acercará de nós como um ladrão. Satanás está se preparando para agir secretamente por meio de suas instrumentalidades humanas. ... ME3 415 1 Precisamos conhecer as razões de nossa fé. A importância e a solenidade das cenas que se desdobram diante de nós requerem isto, e de maneira alguma deve ser estimulado o espírito de queixa. ... ME3 415 2 Talvez tenhamos de pleitear com mais diligência perante os conselhos legislativos pelo direito de exercer juízo independente, e de adorar a Deus de acordo com os ditames de nossa consciência. Assim, em Sua providência, Deus determinou que os reclamos de Sua santa lei sejam apresentados aos homens investidos da mais alta autoridade. Quando fazemos, porém, tudo que está ao nosso alcance como homens e mulheres que não desconhecem os ardis de Satanás, não devemos manifestar nenhum sentimento de amargura. Precisamos orar constantemente pelo auxílio divino. Só Deus pode segurar os quatro ventos até que os anjos selem os servos de Deus em suas frontes. ME3 415 3 Esforços decididos da parte de Satanás -- O Senhor fará uma grande obra na Terra. Satanás efetua decidido esforço para dividir e dispersar o Seu povo. Ele suscita questões secundárias para desviar mentes dos importantes assuntos que devem absorver nossa atenção. ... ME3 415 4 Muitos estão segurando a verdade só com a ponta dos dedos. Eles têm tido grande luz e muitos privilégios. Como Cafarnaum, têm sido elevados até ao Céu neste sentido. No tempo de prova e provação que se aproxima, tornar-se-ão apóstatas, a menos que ponham de lado seu orgulho e a confiança em si mesmos, a menos que sofram completa transformação de caráter. -- Carta 5, 1883. Uma lei das nações que levará os homens a violar a lei de Deus ME3 415 5 O Senhor julgará segundo as suas obras aqueles que procuram estabelecer uma lei das nações que leva os homens a violar a lei de Deus. Sua punição será proporcional a sua culpa. -- Carta 90, 1908. O mundo em rebelião ME3 415 6 A traição e crucifixão de Cristo encenadas de novo -- As cenas da traição, rejeição e crucifixão de Cristo têm sido encenadas novamente, e tornarão a sê-lo em imensa escala. Pessoas imbuir-se-ão dos atributos de Satanás. Os embustes do arquiinimigo de Deus e do homem terão grande poder. Os que dedicaram suas afeições a qualquer dirigente, menos a Cristo, encontrar-se-ão, de corpo, alma e espírito, sob o domínio de uma paixão tão fascinante que sob o seu poder almas deixarão de ouvir a verdade para crer numa mentira. Eles são seduzidos e enlaçados, e exclamam por todas as suas ações: "Solta-nos a Barrabás, mas crucifica a Cristo!"... ME3 416 1 Nas igrejas que se afastaram da verdade e da justiça está sendo revelado o que será e fará a natureza humana quando o amor de Deus não é um princípio permanente na alma. Não precisamos surpreender-nos com coisa alguma que ocorra agora. Não precisamos maravilhar-nos de nenhuma manifestação de horror. Os que espezinham a lei de Deus com pés profanos têm o mesmo espírito dos homens que insultaram e traíram a Jesus. Sem qualquer remorso, eles farão as obras de seu pai, o diabo. ... ME3 416 2 Os que escolhem a Satanás como seu chefe revelarão o espírito do senhor que escolheram, o qual causou a queda de nossos primeiros pais. Rejeitando o divino Filho de Deus, a personificação do único Deus verdadeiro, que possuía bondade, misericórdia e infatigável amor e cujo coração sempre se comovia com a aflição humana, e aceitando um assassino em Seu lugar, o povo mostrou o que a natureza humana pode fazer e fará quando o repressivo Espírito de Deus é removido, e os homens se encontram sob a direção do grande apóstata. Na mesma proporção em que é recusada e rejeitada a luz, haverá equívocos e desentendimentos. Os que rejeitam a Cristo e escolhem a Barrabás trabalharão sob um pernicioso engano. Deturpações e falsos testemunhos se desenvolverão sob a rebelião aberta. ... ME3 416 3 Unidos em desesperado companheirismo -- Cristo mostra que sem o poder controlador do Espírito de Deus a humanidade é um terrível poder para o mal. Descrença, ódio à repreensão suscitarão influências satânicas. Principados e potestades, os dominadores deste mundo tenebroso e as forças espirituais do mal, nas regiões celestes, se unirão em desesperado companheirismo. Eles se coligarão contra Deus na pessoa de Seus santos. Por meio de deturpações e falsidades, desmoralizarão tanto a homens como mulheres que, segundo todos os indícios, crêem na verdade. Não faltarão falsas testemunhas nessa terrível obra. ... ME3 417 1 Depois de falar do fim do mundo, Jesus retorna a Jerusalém, a cidade que então estava sentada em orgulho e arrogância, dizendo: "Estou sentada como rainha. ... Pranto, nunca hei de ver!" Ver Apocalipse 18:7. Quando Seu olhar profético paira sobre Jerusalém, Ele vê que assim como foi entregue à destruição, o mundo será entregue a sua condenação. As cenas que ocorreram na destruição de Jerusalém repetir-se-ão no grande e terrível dia do Senhor, mas de maneira mais pavorosa. ... ME3 417 2 Quando os homens abandonarem toda restrição e invalidarem a lei de Deus, estabelecendo sua própria lei pervertida, e procurarem forçar as consciências dos que honram a Deus e guardam os Seus mandamentos, para que calquem aos pés a lei, verificarão que a ternura da qual eles zombaram estará esgotada. ... ME3 417 3 Calamidades futuras -- Um mundo é representado na destruição de Jerusalém, e a advertência que então foi feita por Cristo ecoou através dos séculos até o nosso tempo: "Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; sobre a Terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas." Lucas 21:25. Sim, eles passarão os seus limites, e haverá destruição em sua esteira. Afundarão os navios que navegam em suas extensas águas, e, com o peso de sua carga viva, lançar-se-ão na eternidade, sem ter tempo para arrepender-se. ME3 417 4 Haverá calamidade na terra e no mar, "homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória". Versos 26, 27. Exatamente do mesmo modo que ascendeu ao Céu, Ele virá a segunda vez ao nosso mundo. "Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças; porque a vossa redenção se aproxima." Verso 28. -- Manuscrito 40, 1897. ME3 418 1 A derrocada da sociedade -- Os que, no mundo, perderam sua ligação com Deus estão realizando desesperados e desvairados esforços para fazerem um centro de si mesmos. Isto causa desconfiança um do outro, a qual é seguida pelo crime. Os reinos do mundo serão divididos contra si mesmos. Os laços da simpatia que prendem o homem em fraternidade a seus semelhantes tornar-se-ão cada vez mais raros. O egotismo natural do coração humano será aproveitado por Satanás. Ele usará os desejos não reprimidos e as violentas paixões que nunca foram postas sob o domínio da vontade de Deus. ... ME3 418 2 A mão de todo homem será contra o seu semelhante. O irmão se levantará contra o irmão, a irmã contra a irmã, os pais contra os filhos, e os filhos contra os pais. Tudo estará em confusão. Parentes trair-se-ão uns aos outros. Haverá conspirações secretas para destruir vidas. Destruição, sofrimento e morte serão vistos em toda a parte. Os homens seguirão a desenfreada propensão de sua hereditária e cultivada tendência para o mal. ... ME3 418 3 Juízos retributivos de Deus vistos em visão -- Deus tem um depósito de juízos retributivos, que Ele permite cair sobre os que continuaram em pecado em face de grande luz. Vi as mais dispendiosas estruturas de edifícios erigidos e que se acreditava serem à prova de fogo. E assim como Sodoma pereceu nas chamas da vingança de Deus, essas suntuosas construções também se transformarão em cinzas. Vi embarcações que custaram imensas somas de dinheiro lutando com poderosas águas, procurando enfrentar os vagalhões enfurecidos. Mas, com todos os seus tesouros de ouro e prata e com sua carga humana elas descem a uma sepultura aquosa. O orgulho do homem será sepultado com os tesouros que ele acumulou fraudulentamente. Deus vingará as viúvas e os órfãos que em fome e nudez clamaram a Ele por livramento da opressão e de maus-tratos. ME3 418 4 Acha-se precisamente diante de nós o tempo em que haverá tal tristeza no mundo que nenhum bálsamo humano poderá sanar. Os lisonjeiros monumentos da grandeza de homens serão reduzidos a pó, mesmo antes que sobrevenha ao mundo a última grande destruição. ... ME3 419 1 Só se formos cobertos com o manto da justiça de Cristo poderemos escapar dos juízos que estão caindo sobre a Terra. -- Carta 20, 1901. Muitas crianças serão tiradas ME3 419 2 Em breve seremos conduzidos a situações difíceis e probantes, e as numerosas crianças trazidas ao mundo serão misericordiosamente tiradas antes que venha o tempo de angústia. -- Manuscrito 152, 1899. Ver Orientação da Criança, 565, 566. O conflito final será breve, mas terrível ME3 419 3 Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. As profecias estão se cumprindo. O último grande conflito será breve, mas terrível. Antigas controvérsias serão avivadas, e surgirão novas controvérsias. Temos uma grande obra para fazer. Nossa obra ministerial não deve cessar. As últimas advertências precisam ser dadas ao mundo. Há um poder especial na apresentação da verdade no tempo presente. Quanto tempo durará isso? Só pouco tempo. ... ME3 419 4 A indagação de cada pessoa devia ser: "De quem sou eu? A quem devo lealdade? Meu coração foi renovado? Minha alma foi reformada? Meus pecados estão perdoados? Eles serão apagados quando vier o tempo de refrigério?"... ME3 419 5 Os profetas escreveram para o seu próprio tempo e para o nosso -- Os últimos livros do Antigo Testamento nos mostram obreiros tirados dentre os trabalhadores no campo. Outros eram homens de grande habilidade e vasta cultura, mas o Senhor lhes deu visões e mensagens. Esses homens do Antigo Testamento falaram de coisas que aconteciam em seu tempo, e Daniel, Isaías e Ezequiel falaram não somente de coisas que lhes diziam respeito como verdade presente, mas a sua visão se estendeu ao futuro e ao que ocorreria nestes últimos dias. -- Carta 132, 1898. Quando perseguidos, fugi para outro lugar ME3 420 1 Nalguns lugares onde a oposição é muito acentuada, a vida dos mensageiros de Deus pode estar em perigo. Então é seu privilégio seguir o exemplo de seu Mestre, indo para outro lugar. -- Carta 20, 1901. Martírio, o meio de Deus para conduzir muitos à verdade ME3 420 2 Os heróis que recusaram prostrar-se diante da imagem de ouro foram lançados numa fornalha de fogo ardente, mas Cristo esteve com eles ali, e o fogo não os consumiu. ... ME3 420 3 Agora alguns de nós talvez sejamos submetidos a uma prova tão severa como essa -- obedeceremos a mandamentos de homens ou obedeceremos aos mandamentos de Deus? Esta é a pergunta que será feita a muitos. A melhor coisa para nós é entrar em íntima ligação com Deus, e, se Ele quiser que sejamos mártires por amor à verdade, isto poderá ser o meio de conduzir muitos outros à verdade. -- Manuscrito 83, 1886. Cristo está ao lado dos santos perseguidos ME3 420 4 A alma provada pela tormenta nunca é amada mais ternamente por seu Salvador do que quando está sofrendo opróbrio por causa da verdade. Quando, por amor à verdade, o crente se encontra à barra de tribunais injustos, Cristo está ao seu lado. Todos os vitupérios que incidem sobre o crente humano incidem sobre Cristo na pessoa de Seus santos. "Eu o amarei -- diz Cristo -- e Me manifestarei a ele." João 14:21. Cristo é condenado outra vez na pessoa de Seus discípulos crentes. ME3 420 5 Quando, por amor à verdade, o crente é encarcerado dentro dos muros de uma prisão, Cristo Se manifesta a ele, e arrebata-lhe o coração com Seu amor. Quando ele sofre a morte por Sua causa, Cristo lhe diz: "Eles podem matar o corpo, mas não podem prejudicar a alma." "Tende bom ânimo; Eu venci o mundo." "Eles Me crucificaram, e se vos matarem, estarão Me crucificando novamente na pessoa de Meus santos." ME3 421 1 A perseguição só pode causar a morte, mas a vida é preservada para eterna vida e glória. O poder perseguidor pode tomar sua posição, e ordenar que os discípulos de Cristo neguem a fé, dêem atenção a espíritos enganadores e doutrinas de demônios, invalidando a lei de Deus. Mas os discípulos podem perguntar: "Por que havia eu de fazer isso? Amo a Jesus, e nunca negarei o Seu nome." Quando o poder diz: "Eu o chamarei perturbador da paz", eles podem responder: "Assim eles chamaram a Jesus, o qual era verdade, e graça e paz." -- Carta 116, 1896. Negociantes e príncipes tomarão sua posição ME3 421 2 Alguns que são contados entre os negociantes e príncipes tomarão sua posição para obedecer à verdade. O olhar de Deus tem estado sobre tais pessoas ao procederem de acordo com a luz que tiveram, mantendo sua integridade. Cornélio, um homem de posição elevada, manteve sua experiência religiosa, andando estritamente de acordo com a luz que recebera. Deus o observava, e enviou o Seu anjo com uma mensagem para ele. O mensageiro celestial passou por alto os que eram virtuosos aos seus próprios olhos, aproximou-se de Cornélio e o chamou pelo nome. ... ME3 421 3 Este relato é feito para especial benefício dos que vivem nestes últimos dias. Muitos que tiveram grande luz não a apreciaram e aproveitaram como era seu privilégio fazer. Não praticaram a verdade. E por isso o Senhor trará para dentro os que têm vivido de acordo com toda a luz que tiveram. E os que foram brindados com oportunidades para compreender a verdade, e que não obedeceram a seus princípios, serão dominados pelas tentações de Satanás para exaltação pessoal. Negarão os princípios da verdade na prática, trazendo descrédito para a Causa de Deus. ME3 421 4 Cristo declara que vomitará a estes de Sua boca, deixando que sigam seu próprio procedimento para se distinguirem. Esse procedimento realmente os torna preeminentes como homens que são chefes de família infiéis. ME3 422 1 A medição de Deus dos que andam na luz que possuem -- O Senhor dará Sua mensagem aos que têm andado de acordo com a luz que possuem, e os reconhecerá como sinceros e fiéis, segundo a avaliação de Deus. Esses homens tomarão o lugar daqueles que, tendo luz e conhecimento, não andaram no caminho do Senhor, mas na imaginação de seu próprio coração não santificado. ME3 422 2 Vivemos agora nos últimos dias, em que a verdade precisa ser proferida, em que por meio de repreensões e advertências ela deve ser dada ao mundo, independente das conseqüências. Se alguns ficarem ofendidos e se afastarem da verdade, devemos ter em mente que havia os que fizeram a mesma coisa no tempo de Cristo. ... ME3 422 3 As fileiras não se tornarão menores -- Mas haverá homens que aceitarão a verdade, e estes ocuparão os lugares deixados por aqueles que ficaram ofendidos e abandonaram a verdade. ... O Senhor agirá de tal modo que os dissidentes se separarão dos sinceros e leais. ... As fileiras não ficarão menores. Os que são firmes e fiéis preencherão os lugares vagos deixados pelos que ficam ofendidos e apostatam. ... ME3 422 4 Muitos prezarão a sabedoria de Deus acima de qualquer vantagem terrestre, e obedecerão à Palavra de Deus como a norma suprema. Estes serão conduzidos a grande luz. Estes chegarão ao conhecimento da verdade, e procurarão levar esta luz da verdade aos seus conhecidos que, assim como eles, estão ansiosos pela verdade. -- Manuscrito 97, 1898. Todo ser humano estará no exército de Cristo ou no exército de Satanás ME3 422 5 Aproximamo-nos do fim da história terrestre, em que só pode haver dois grupos, e todo homem, mulher e criança estará num desses exércitos. Jesus será o General de um exército; do exército oposto Satanás será o dirigente. Todos os que estão transgredindo e ensinando outros a transgredir a lei de Deus, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra, são arregimentados sob um chefe superior, que os dirige em oposição ao governo de Deus. E "os anjos que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio" (Judas 6) são rebeldes contra a lei de Deus e inimigos de todos os que amam os Seus mandamentos e obedecem a eles. Estes súditos, com Satanás, seu dirigente, reunirão outros em suas fileiras de toda maneira possível, a fim de fortalecer suas forças e impor suas reivindicações. ME3 423 1 Por meio de sua impostura e embuste, Satanás quer enganar, se possível, os próprios eleitos. Sua impostura não é sem importância. Ele procurará molestar, importunar, deturpar, acusar e desfigurar todos aqueles que não pode compelir a dar-lhe honra e ajudá-lo em sua obra. Seu grande êxito está em manter confusa a mente dos homens e na ignorância dos seus ardis, pois então ele pode conduzir os incautos, por assim dizer, de olhos vendados. ... ME3 423 2 O Sábado é a questão no conflito final -- O sábado é a grande questão decisiva. Ele é a linha demarcatória entre os leais e sinceros e os desleais e transgressores. Este sábado foi ordenado por Deus, e os que afirmam ser observadores dos mandamentos e crêem que estão agora sob a proclamação da terceira mensagem angélica, verão a parte importante que o sábado do quarto mandamento mantém nessa mensagem. Ele é o selo do Deus vivo. Eles não diminuirão as reivindicações do sábado para acomodá-lo a suas conveniências. -- Manuscrito 34, 1897. ME3 423 3 João, no Apocalipse, escreve sobre a união dos que vivem na Terra para invalidar a lei de Deus. "Têm estes um só pensamento, e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem. Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com Ele." Apocalipse 17:13, 14. "Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs." Cap. 16:13. ME3 423 4 Todos os que exaltarem e venerarem o falso sábado, um dia que Deus não abençoou, ajudam o diabo e seus anjos com todo o poder da habilidade que lhes foi dada por Deus e que eles perverteram, usando-a para o mal. Inspirados por outro espírito, que obscurece seu discernimento, eles não conseguem ver que a exaltação do domingo é inteiramente uma instituição da Igreja Católica. ... ME3 424 1 O Sábado é a questão que divide o mundo -- O Senhor do Céu permite que o mundo escolha a quem eles querem ter como soberano. Leiam todos atentamente o décimo terceiro capítulo do Apocalipse, pois ele tem que ver com todo instrumento humano, grande ou pequeno. Todo ser humano precisa decidir-se, ou a favor do Deus vivo e verdadeiro, que concedeu ao mundo o memorial da Criação no sábado do sétimo dia, ou a favor de um falso sábado, instituído por homens que se exaltaram acima de tudo que se chama Deus ou se adora, e que se imbuíram dos atributos de Satanás, oprimindo os leais e sinceros que guardam os mandamentos de Deus. Esse poder perseguidor imporá a adoração da besta insistindo na observância do sábado que ele instituiu. Assim ele blasfema de Deus, assentando-se "no templo de Deus, querendo parecer Deus". 2 Tessalonicenses 2:4. ME3 424 2 Os 144.000 sem dolo -- Um dos aspectos relevantes na representação dos 144.000 é que em sua boca não se achou engano. O Senhor disse: "Bem-aventurado o homem em cujo espírito não há dolo." Eles professam ser filhos de Deus e são apresentados como seguidores do Cordeiro por onde quer que vá. Eles nos são prefigurados como estando sobre o monte Sião, cingidos para o serviço sagrado, vestidos de linho puro, que são as justiças dos santos. Mas todos os que seguirem o Cordeiro no Céu primeiro terão seguido a Ele na Terra, em obediência confiante, amorosa e voluntária; seguido a Ele, não de maneira relutante e inconstante, mas confiante e sinceramente, como o rebanho segue o pastor. ... ME3 424 3 Satanás faz o seu último esforço para obter a supremacia -- O mundo está de parceria com as pretensas igrejas cristãs, procurando invalidar a lei de Jeová. A lei de Deus é posta de lado, calcada aos pés; e da parte de todo o leal povo de Deus ascenderá ao Céu a oração: "Já é tempo, Senhor, para intervires, pois eles violaram a Tua lei." Salmos 119:126. Satanás está fazendo seu último e mais poderoso esforço pela supremacia, seu último conflito contra os princípios da lei de Deus. Predomina uma incredulidade desafiadora. ME3 425 1 Depois da descrição de João, em Apocalipse 16, daquele poder operador de milagres que ajuntará o mundo para o último grande conflito, os símbolos são deixados para trás, e a voz de trombeta dá mais uma vez um sonido certo. "Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha." Apocalipse 16:15. -- Manuscrito 7a, 1896. Cristo se une às fileiras no último conflito ME3 425 2 A instrumentalidade do Espírito Santo deve unir-se ao esforço humano, e todo o Céu está empenhado na obra de preparar um povo que permaneça em pé nestes últimos dias. O fim está perto e precisamos ter em vista o mundo futuro. ... ME3 425 3 Neste último conflito, o Capitão do exército do Senhor [Josué 5:15] está conduzindo os exércitos do Céu, unindo-Se às fileiras e travando nossas batalhas por nós. Teremos apostasias; nós as esperamos. "Eles saíram de nosso meio, entretanto não eram dos nossos." Ver 1 João 2:19. "Toda planta que Meu Pai celestial não plantou, será arrancada." Mateus 15:13. ME3 425 4 O anjo, o poderoso anjo do Céu, iluminará a Terra com Sua glória (Apocalipse 18:1), enquanto ele exclama com potente voz: "Caiu, caiu a grande Babilônia." Verso 2. ... Perderíamos a fé e a coragem no conflito, se não fôssemos amparados pelo poder de Deus. ME3 425 5 Toda forma de maldade irá assumir intensa atividade. Anjos maus unirão suas forças com homens maus, e, como eles têm estado em constante conflito e obtido experiência nas melhores formas de engano e combate, e se fortaleceram através dos séculos, não capitularão na última e grande peleja final sem desesperado esforço, e todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão. ME3 426 1 Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos do Céu para dirigir a batalha. Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outra; uma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra. Cenas de estupendo interesse se acham precisamente diante de nós, e estas coisas serão indicações seguras da presença dAquele que tem comandado todo movimento agressivo, que tem acompanhado o andamento de Sua causa no decorrer de todos os séculos e que Se comprometeu bondosamente a estar com o Seu povo em todos os seus conflitos até o fim do mundo. Ele vindicará Sua verdade. Ele a levará ao triunfo. Está disposto a imbuir os Seus fiéis de motivos e força de vontade, inspirando-os com esperança, coragem e valor em crescente atividade, pois o tempo está perto. ME3 426 2 Uma renhida luta final -- Aumentarão os enganos, os embustes, as imposturas. De toda a parte virão as exclamações: "Eis aqui o Cristo! Ei-Lo ali!" Mas, disse Cristo, "não os sigais". Lucas 21:8. Haverá uma luta renhida antes que o homem do pecado seja revelado a este mundo -- quem ele é, e qual tem sido sua obra. ME3 426 3 Conquanto o mundo protestante esteja se tornando muito delicado e afável para com o homem do pecado (2 Tessalonicenses 2:3), não irá o povo de Deus tomar seu lugar como intrépidos e valorosos soldados de Jesus Cristo para enfrentar a questão que há de vir, tendo a vida escondida com Cristo em Deus? A Babilônia mística não tem poupado o sangue dos santos, e não estaremos bem despertos para captar os raios de luz provenientes do fulgor do anjo que iluminará a Terra com sua glória? -- Carta 112, 1890. Nossa vida e a preparação final ME3 426 4 Deus nos provará -- Antes de conceder-nos o batismo do Espírito Santo, nosso Pai celestial nos provará, para ver se podemos viver sem desonrá-Lo. -- Carta 22, 1902. ME3 427 1 Tudo que é imperfeito será posto de lado -- Quando findar nossa labuta terrestre, e Cristo vier buscar Seus filhos fiéis, resplandeceremos então como o Sol no reino de nosso Pai. Antes que venha, porém, esse tempo, tudo que é imperfeito em nós terá sido visto e deixado de lado. Toda inveja e ciúme, e ruins suspeitas, e todo plano egoísta terão sido banidos da vida. -- Carta 416, 1907. ME3 427 2 Quando for alcançada a perfeição de caráter -- Com todas as faculdades que nos foram dadas por Deus, estamos procurando alcançar a medida da estatura de homens e mulheres em Cristo? Estamos buscando Sua plenitude, chegando cada vez mais alto, procurando atingir a perfeição de Seu caráter? Quando os servos de Deus chegarem a esse ponto, eles serão selados em suas frontes. O anjo relator declarará: "Feito está!" Eles estarão completos nAquele a quem pertencem pela criação e pela redenção. -- Manuscrito 148, 1899. ME3 427 3 Seremos dotados com uma natureza mais elevada -- Quando Cristo vier, Ele levará aqueles que purificaram a alma pela obediência à verdade. ... Isto que é mortal se revestirá da imortalidade, e estes corpos corruptíveis, sujeitos à doença, serão transformados de mortais para imortais. Seremos dotados então com uma natureza mais elevada. O corpo de todos os que purificam a alma pela obediência à verdade será glorificado. Eles terão aceito plenamente a Jesus Cristo, e crido nEle. -- Manuscrito 36, 1906. Uma impressionante visão de acontecimentos futuros ME3 427 4 Sexta-feira à noite [18 de jan. de 1884] diversas pessoas ouviram minha voz exclamar: "Olhai! Olhai!" Se eu estava sonhando ou em visão, não posso dizer. Eu dormi sozinha. ME3 427 5 O tempo de angústia estava diante de nós. Vi nosso povo em grande aflição, chorando e orando, pleiteando as seguras promessas de Deus, ao passo que os ímpios se achavam ao nosso redor, zombando de nós e ameaçando destruir-nos. Eles escarneciam de nossa debilidade, desdenhavam da pequenez de nossos números e nos insultavam com palavras destinadas a magoar profundamente. Acusavam-nos de assumir uma posição independente de todo o resto do mundo. Haviam suprimido os nossos recursos para que não pudéssemos comprar ou vender, e faziam alusão a nossa abjeta pobreza e condição aflitiva. Não podiam compreender como conseguíamos viver sem o mundo. Dependíamos do mundo e teríamos de sujeitar-nos aos costumes, práticas e leis do mundo, ou sair dele. Se éramos as únicas pessoas no mundo a quem o Senhor favorecia, as aparências depunham fortemente contra nós. ME3 428 1 Eles declaravam que tinham a verdade, que havia milagres entre eles; que anjos do Céu conversavam e andavam com eles, que grande poder e sinais e maravilhas eram realizados em seu meio, e que isso constituía o milênio temporal que aguardavam há tanto tempo. Todo o mundo se convertera e estava em harmonia com a lei dominical, e este pequeno e débil povo teimava em desafiar as leis do país e as leis de Deus, pretendendo ser os únicos que são corretos sobre a Terra. ... ME3 428 2 "Olhai para cima! olhai para cima!" -- Mas, enquanto a angústia pairava sobre os leais e sinceros que não queriam adorar a besta ou sua imagem e aceitar e reverenciar um falso sábado, Alguém disse: "Olhai para cima! Olhai para cima!" Todos os olhares se ergueram, e os céus pareciam recolher-se como um pergaminho quando se enrola, e, assim como Estêvão olhou para dentro do Céu, nós também olhamos. Os escarnecedores nos insultavam e injuriavam, e se gabavam do que tencionavam fazer-nos se persistíssemos em apegar-nos firmemente a nossa fé. Mas éramos agora como aqueles que não os ouviam; contemplávamos uma cena que excluía tudo o mais. ME3 428 3 Ali se achava exposto o trono de Deus. Ao redor dele havia dez vezes dez mil, e milhares de milhares, e bem perto do trono se encontravam os mártires. Entre este número eu vi aqueles mesmos que tão recentemente estavam na mais abjeta penúria, a quem o mundo não conhecia, a quem o mundo odiava e desprezava. ME3 429 1 Uma voz disse: "Jesus, que está sentado sobre o trono, amou o homem de tal maneira que deu Sua vida em sacrifício para resgatá-lo do poder de Satanás e para elevá-lo ao Seu trono. Aquele que está acima de todos os poderes, Aquele que tem a maior influência no Céu e na Terra, Aquele a quem toda alma é devedora por todo favor que recebeu, era manso e humilde de espírito, santo, inocente e imaculado na vida. ME3 429 2 "Ele obedeceu a todos os mandamentos de Seu Pai. A Terra está cheia de iniqüidade; ela está contaminada por causa dos seus moradores. Os lugares altos dos poderes da Terra foram poluídos pela corrupção e abjetas idolatrias, mas chegou o tempo em que a justiça receberá a palma da vitória e do triunfo. Os que eram considerados pelo mundo como fracos e indignos, os que eram indefesos contra a crueldade dos homens, hão de ser coroados vencedores, e mais que vencedores." Citado Apocalipse 7:9-17. ME3 429 3 Eles estão diante do trono, desfrutando os esplendores, sem sol do dia eterno, não como um grupo disperso e fraco, para serem submetidos às paixões satânicas de um mundo rebelde, expressando os sentimentos, as doutrinas e os conselhos de demônios. ME3 429 4 Agora os santos nada têm que temer -- Os mestres da iniqüidade no mundo se tornaram fortes e terríveis sob o domínio de Satanás, mas poderoso é o Senhor Deus que julga Babilônia. Os justos nada mais têm que temer da força ou da fraude enquanto forem leais e fiéis. Alguém mais poderoso do que o forte homem armado constitui sua defesa. Todo poder, e grandeza e excelência de caráter serão dados aos que creram e se colocaram em defesa da verdade, erguendo-se e defendendo firmemente as leis de Deus. ME3 429 5 Outro ser celestial exclamou com voz firme e musical: "Eles vieram de grande tribulação. Andaram na fornalha ardente no mundo, aquecida intensamente pelas paixões e fantasias de homens que queriam impor-lhes a adoração da besta e sua imagem, que queriam compeli-los a ser desleais ao Deus do Céu. ME3 430 1 "Eles vieram das montanhas, das rochas, das covas e cavernas da Terra, de masmorras, de prisões, de concílios secretos, da câmara de tortura, de choupanas, de águas-furtadas. Passaram por severa aflição, profunda abnegação e profundo desapontamento. Não devem ser mais o objeto de gracejo e ridículo de homens maus. Não devem mais ser desprezíveis e dignos de lástima aos olhos dos que os desprezam. ME3 430 2 "Tirai-lhes as vestes sujas com que homens maus se deleitaram em cobri-los. Dai-lhes um traje novo, a saber: as vestes brancas da justiça, e ponde-lhes um turbante limpo sobre a cabeça." ME3 430 3 Ei-los vitoriosos no grande conflito! -- Eles foram vestidos de trajes mais finos do que já usaram seres terrenos. Foram coroados com diademas de glória nunca vistos por seres humanos. Os dias de sofrimento, de vitupério, de privação, de fome, não existem mais; o pranto já passou. Então eles prorrompem em cânticos fortes, claros e musicais. Agitam as palmas da vitória, exclamando: "Ao nosso Deus que Se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação." Apocalipse 7:10. ME3 430 4 Oxalá Deus nos imbua de Seu Espírito e nos faça fortes em Sua força! No grande dia do final e supremo triunfo ver-se-á que os justos eram fortes, e que a iniqüidade, em todas as suas formas e com toda a sua arrogância, foi um débil e miserável fracasso e derrota. Apegar-nos-emos firmemente a Jesus, confiaremos nEle, buscaremos Sua graça e Sua grande salvação. Precisamos esconder-nos em Jesus, pois Ele é um esconderijo na tempestade, socorro bem presente nas tribulações. -- Carta 6, 1884. ME3 430 5 Duas colunas de anjos escoltam os santos até a cidade de Deus -- O Doador da vida vem para quebrar as cadeias da sepultura. Ele trará para fora os cativos e proclamará: "Eu sou a ressurreição e a vida." Eis ali a hoste ressuscitada! O último pensamento foi o da morte e suas agonias. Os últimos pensamentos que eles tiveram foram os da sepultura e da tumba, mas agora eles proclamam: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó sepultura, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. As agonias da morte foram as últimas coisas que eles sentiram. ... ME3 431 1 Quando eles acordarem, todo o sofrimento terá passado. "Onde está, ó sepultura, a tua vitória?" Ei-los ali, recebendo o toque final da imortalidade, e ascendem para o encontro de seu Senhor nos ares. As portas da cidade de Deus se revolvem sobre seus gonzos, e as nações que observaram a verdade entram nela. ME3 431 2 Ali se acham as colunas de anjos de cada lado, e os resgatados de Deus entram pelo meio de querubins e serafins. Cristo lhes dá as boas-vindas e põe Sua bênção sobre eles: "Muito bem, servo bom e fiel;... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Que é esse gozo? Ele vê o penoso trabalho de Sua alma, e fica satisfeito. É para isso que labutamos. ME3 431 3 Aqui está alguém em cujo favor intercedemos com Deus à noite. Ali está alguém com o qual falamos em seu leito de morte, e ele confiou sua alma desamparada a Jesus. Eis aqui alguém que era um pobre ébrio. Procuramos fazer com que fixasse o olhar nAquele que é poderoso para salvar e lhe dissemos que Cristo podia conceder-lhe a vitória. Ali estão as coroas de glória imortal sobre as suas cabeças, e então os remidos lançam suas coroas resplandecentes aos pés de Jesus; em seguida, o coro angélico emite a nota de vitória e os anjos nas duas colunas tomam o cântico, e a hoste dos remidos participam como se houvessem entoado o cântico na Terra, e o haviam feito. ME3 431 4 Música celestial -- Oh! que música! Não há uma nota desarmoniosa. Toda voz proclama: "Digno é o Cordeiro, que foi morto." Apocalipse 5:12. Ele vê o penoso trabalho de Sua alma, e fica satisfeito. Pensais que alguém ali tomará tempo para falar de suas provações e terríveis dificuldades? "Não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas." Isaías 65:17. "Deus... lhes enxugará dos olhos toda lágrima." Apocalipse 21:4. -- Manuscrito 18, 1894. ------------------------Apêndice A -- O grande conflito -- edição de 1911 ME3 433 0 Uma declaração feita por G. C. White perante o concílio da Associação Geral, 30 de Outubro de 1911 ME3 433 1 Dirigindo-se ao concílio, o Pastor G. C. White disse: ME3 433 2 É com prazer que vos apresento uma declaração a respeito da mais recente edição inglesa de O Grande Conflito. ME3 433 3 "Há uns dois anos, fomos informados de que as chapas electrótipas para esse livro, em uso na Pacific Press, na Review and Herald e na International Tract Society (Londres) estavam tão gastas que o livro precisava ser recomposto e teriam de ser feitas novas chapas. Este trabalho foi efetuado na Pacific Press. Foram feitos quatro conjuntos de chapas -- um para cada um de nossos escritórios em Washington, Mountain View, Nashville e Watford. ME3 433 4 "Numa carta enviada aos gerentes de nossas casas publicadoras, eu escrevi o seguinte em 24 de Julho de 1911: ME3 433 5 "'Depois de consultar pastores, colportores e outros amigos do livro, achamos melhor recompor o texto de tal modo que a nova edição correspondesse o mais perto possível à antiga. E embora não pudéssemos usar exatamente o mesmo tipo, o assunto se estende quase do mesmo modo página após página. Todo capítulo na nova edição começa e termina nas mesmas páginas que o capítulo correspondente na edição antiga. ME3 434 1 "'A modificação mais digna de nota na nova edição é o melhoramento nas ilustrações. Cada um dos quarenta e dois capítulos, bem como o Prefácio, a Introdução, o Índice e a lista de ilustrações, contém um belo cabeçalho ilustrado; e dez ilustrações novas, de página inteira, foram introduzidas para substituir as que eram menos atraentes. ME3 434 2 "'As treze notas da edição antiga, que ocupavam treze páginas, foram substituídas por trinta e uma notas, que ocupam doze páginas. Quase todas são referências, destinadas a ajudar o leitor atento a encontrar provas históricas das declarações feitas no livro. ME3 434 3 "'As Notas Biográficas foram omitidas, e o Índice Geral foi ampliado de doze para vinte e duas páginas, facilitando assim consideravelmente a procura dos trechos desejados. ME3 434 4 "'O melhoramento mais digno de nota no corpo do livro, é a introdução de referências históricas. Na edição antiga, eram dadas mais de setecentas referências bíblicas, mas apenas em poucos casos havia aí qualquer referência histórica às autoridades citadas ou mencionadas. Na nova edição, o leitor encontrará mais de quatrocentas referências a oitenta e oito autores e autoridades. ME3 434 5 "'Ao apresentarmos à Mamãe o pedido de alguns de nossos colportores, de que fossem dadas na próxima edição, não somente as referências escriturísticas, mas também aos historiadores citados, ela nos instruiu a procurarmos e inserirmos as referências históricas. Deu-nos também instruções para verificar as citações e corrigir quaisquer incorreções que encontrássemos; e para que, onde fossem feitas citações de passagens traduzidas diferentemente por uns e outros tradutores, empregássemos a tradução que achássemos mais correta e autêntica. ME3 434 6 "'A procura das diversas citações de historiadores foi uma penosa tarefa, e a verificação das passagens citadas conduziu a algumas modificações no fraseado do texto. Isto é especialmente digno de nota nas citações de History of the Reformation, de J. Merle D'Aubigné. Descobriu-se que havia seis ou mais traduções inglesas, americanas e britânicas, que variavam bastante no fraseado, embora fossem quase idênticas no pensamento; e na edição antiga de O Grande Conflito haviam sido usadas três delas, de acordo com a clareza e beleza da linguagem. Soubemos, porém, que apenas uma dessas numerosas traduções recebeu a aprovação do autor: a que foi usada pela Sociedade Americana de Tratados em suas edições mais recentes. Por conseguinte, as citações de D'Aubigné, nesta edição de O Grande Conflito, foram feitas para se harmonizarem, na maior parte, com essa tradução aprovada. ME3 435 1 "'Nalguns casos foram usadas em lugar das velhas, novas citações de historiadores, pregadores e autores contemporâneos, devido a serem mais vigorosas, ou por nos ter sido impossível encontrar as antigas. Em cada um dos casos em que houve essa mudança, Mamãe considerou atentamente a substituição proposta, e aprovou a mudança. ME3 435 2 "'Verificareis que foram efetuadas modificações dessa natureza nas páginas 273, 277, 306-308, 334, 335, 387, 547, 580 e 581. ME3 435 3 "'Ainda há vinte ou mais citações no livro cuja autoridade até agora não conseguimos determinar. Felizmente, elas se relacionam com assuntos a cujo respeito não existe a probabilidade de haver graves controvérsias. ME3 435 4 "'Na ortografia, na pontuação e no emprego das maiúsculas foram feitas modificações para pôr este livro em uniformidade de estilo com os outros volumes desta série. ME3 435 5 "'Em oito ou dez lugares, foram mudadas referências de tempo, devido ao lapso ocorrido desde a primeira edição do livro. ME3 435 6 "'Em vários lugares, houve modificação na forma das expressões, a fim de evitar desnecessária ofensa. Um exemplo disto é a mudança da palavra "Romish" [papista] para "romano" ou "católico romano". Em dois lugares a expressão "divinity of Christ" é mudada para "deity of Christ" [divindade de Cristo -- em português não há diferença]. E as palavras "tolerância religiosa" foram mudadas para "liberdade religiosa". ME3 436 1 "'As declarações feitas nas páginas 285-287, a respeito da ação da Assembléia, em seus decretos blasfemos contra a religião e a Bíblia, foram redigidas de tal modo que mostrasse que a Assembléia pôs de lado, e depois restaurou, não somente a Bíblia, mas também a Deus e Seu culto. ME3 436 2 "'Na nova edição, a elevação do papado em 538 e sua queda em 1798 são denominados sua "supremacia" e "decadência", em vez de seu "estabelecimento" e "abolição", segundo consta na edição antiga. ME3 436 3 "'Em cada um desses lugares, a forma de expressão mais acurada foi devidamente considerada e aprovada pela autora do livro. ME3 436 4 "'Às páginas 50, 563, 564, 580 e 581, e em alguns outros lugares em que havia declarações concernentes ao papado, as quais são vigorosamente disputadas pelos católicos romanos, e que são difíceis de provar por histórias acessíveis, as expressões foram mudadas na edição atual para que a declaração esteja facilmente dentro do âmbito das provas de fácil acesso. ME3 436 5 "'Quanto a estas e outras passagens idênticas, que poderiam suscitar acerbos e inúteis debates, Mamãe disse muitas vezes: "O que escrevi a respeito da arrogância e das pretensões do papado, é verdade. Muitas provas históricas acerca desses assuntos foram propositadamente destruídas; entretanto, para que o livro seja do máximo proveito para os católicos e para outros, e a fim de evitar desnecessários conflitos, é melhor que todas as declarações referentes às pretensões do papa e às falsas reivindicações do papado sejam feitas com tanta moderação que com facilidade e clareza possam ser demonstradas pelas histórias aceitas que se acham ao alcance de nossos pastores e alunos." ME3 436 6 "'Se ouvirdes notícias de que parte da obra feita nesta última edição foi realizada contrariamente ao desejo de minha mãe, ou sem o seu conhecimento, podeis estar certos de que tais boatos são falsos, e indignos de consideração.'" ME3 436 7 Trechos da edição antiga e da nova foram lidos e comparados, para ilustrar a declaração lida da carta escrita pelo orador em 24 de Julho. Então o irmão White disse: ME3 437 1 "Desde que saiu esta nova edição, Mamãe tem tido grande prazer em examinar e reler o livro. Dia a dia, quando eu a visitava de manhã, ela falava a seu respeito, dizendo que se deleitava em lê-lo de novo e que estava contente porque o trabalho que havíamos realizado para tornar esta edição tão perfeita quanto possível fora completado enquanto ela vivia, podendo assim orientar o que estava sendo feito. ME3 437 2 "Mamãe nunca pretendeu ser autoridade em História. As coisas que ela escreveu são descrições de rápidas cenas e outras apresentações que lhe foram dadas quanto às ações dos homens, e a influência dessas ações sobre a obra de Deus para a salvação dos homens, com vistas da história passada, presente e futura em suas relações com esta obra. Em ligação com o ato de escrever essas visões, ela fez uso de declarações históricas boas e claras, a fim de ajudar a esclarecer ao leitor as coisas que se esforça por apresentar. Quando eu era simples menino, ouvi-a ler a História da Reforma de D'Aubigné, para Papai. Ela lhe leu grande parte, se não todos os cinco volumes. Leu outras histórias da Reforma. Isto a ajudou a localizar e descrever muitos dos acontecimentos e movimentos a ela apresentados em visão. Isto é um tanto semelhante à maneira por que o estudo da Bíblia a ajuda a localizar e descrever as muitas apresentações simbólicas que lhe foram dadas quanto ao desenvolvimento do grande conflito de nossos dias entre a verdade e o erro. ME3 437 3 "Minha mãe nunca fez reivindicações à inspiração verbal, e não vejo que meu pai, ou o Pastor Bates, Andrews, Smith ou Waggoner as fizessem. Caso houvesse inspiração verbal ao ela escrever seus manuscritos, por que haveria de sua parte o trabalho de acréscimo ou de adaptação? Verdade é que Mamãe muitas vezes toma um de seus manuscritos e o lê atentamente, fazendo acréscimos que desenvolvem ainda mais o pensamento. ME3 437 4 "A primeira edição deste livro foi publicada na Califórnia, em 1884. Quando se imprimiu o volume 3 de Spirit of Prophecy, houve algumas sobras. Uma parte delas foi publicada em forma de panfleto, e divulgada; e esperava-se que Mamãe começasse imediatamente a aumentar essa matéria, trazendo a lume o Volume IV. Antes de morrer, Papai anunciara o livro Spirit of Prophecy, Volume IV. ME3 438 1 "Quando Mamãe publicou o Volume IV, ela e os que trataram de sua publicação tinham em vista o cumprimento do plano de Papai. Também tínhamos em mente que ele foi escrito para o povo adventista dos Estados Unidos. Portanto, com muita dificuldade, o assunto foi condensado, de modo que esse volume tivesse mais ou menos o mesmo tamanho dos outros volumes da série. ME3 438 2 "Mais tarde, quando se verificou que o livro podia ser vendido a todas as pessoas, os publicadores pegaram as chapas e fizeram uma edição em papel maior. Foram inseridas ilustrações, e fez-se uma experiência vendendo-o como livro de colportagem, a um dólar e meio. ME3 438 3 "Em 1885, Mamãe e eu fomos enviados à Europa, e surgiu ali a questão de traduzi-lo para o alemão, francês, dinamarquês e sueco. Enquanto Mamãe considerava essa proposta, ela resolveu fazer acréscimos ao assunto. ME3 438 4 "O contato de minha mãe com o povo europeu trouxe-lhe à mente uma porção de coisas que lhe haviam sido apresentadas em visão durante os anos passados, algumas delas duas ou três vezes, e outras cenas, muitas vezes. Sua contemplação de lugares históricos e seu contato com o povo reavivaram-lhe a memória no tocante a essas coisas, e assim ela desejou acrescentar muito material ao livro. Isto foi feito, e os manuscritos foram preparados para a tradução. ME3 438 5 "Após o nosso regresso à América, saiu uma nova edição mais ampla. Nessa edição omitiu-se alguma matéria usada na primeira edição em inglês. A razão para essas modificações estava no fato de que a nova edição destinava-se a circulação mundial. ME3 438 6 "Em seu ministério público, minha mãe demonstrava a habilidade de selecionar do tesouro da verdade matéria bem apropriada às necessidades da congregação que tinha diante de si; e sempre achava que, na seleção da matéria para publicação em seus livros, devia mostrar o máximo discernimento, escolhendo aquilo que mais se adaptasse às necessidades dos que lessem o livro. ME3 439 1 "Por conseguinte, quando saiu a nova edição de O Grande Conflito em 1888, foram omitidas cerca de vinte páginas de material -- quatro ou cinco páginas numa chapa -- que era muito instrutivo para os adventistas da América do Norte, mas não era apropriado para os leitores em outras partes do mundo. ME3 439 2 "Grande parte da procura das declarações históricas usadas nas novas edições européia e americana de O Grande Conflito foi efetuada em Basiléia, onde tínhamos acesso à grande biblioteca do Pastor Andrews e onde os tradutores tinham acesso às bibliotecas da universidade. ME3 439 3 "Quando chegamos a repassar essa matéria com o propósito de dar as referências históricas, houve algumas citações que não pudemos encontrar. Em alguns casos foram achadas outras declarações, de outros historiadores, que frisavam o mesmo ponto. Estas se encontravam em livros acessíveis em muitas bibliotecas públicas. Ao chamarmos a atenção de minha mãe para uma citação que não nos era possível encontrar, e lhe mostrarmos que acháramos outra que frisava o mesmo ponto, ela disse: 'Usem aquela de que possam dar a referência, de modo que o leitor do livro, se quiser ir à fonte e achá-la, possa fazê-lo.' Por essa maneira foram substituídos alguns dados históricos. ME3 439 4 "Pois bem, com referência à declaração de que o pessoal em Washington, ou os homens da Comissão da Associação Geral, fizeram isto ou aquilo, correta ou erroneamente, em conexão com este livro, é importante que tenhais uma clara exposição dos fatos acerca do assunto. ME3 439 5 "Nossos irmãos em Washington e Mountain View só fizeram aquilo que pedimos que eles fizessem. Conforme declaramos no começo, consultamos os homens do Departamento de Publicações, agentes de vendas do Estado e membros das comissões de publicações, não somente em Washington, mas também na Califórnia, e eu solicitei que eles, por bondade, chamassem nossa atenção para quaisquer passagens que precisassem ser consideradas em conexão com a recomposição do livro. ME3 440 1 "Quando foi salientado que alguns dos dados históricos eram postos em dúvida e contestados, pedimos que eles nos dessem uma relação por escrito que nos ajudasse em nossa pesquisa. Eles fizeram o que pedimos, e nada mais. Todas as decisões sobre o que devia ser modificado e sobre o que devia ser impresso palavra por palavra segundo constava na edição antiga, foram tomadas no escritório de minha mãe, por pessoas a seu serviço e que trabalhavam sob a sua direção. Portanto, não há motivo para alguém dizer uma palavra contra os homens da Comissão da Associação Geral ou os homens de letras em Washington, ou contra o livro, devido a qualquer coisa efetuada pelos irmãos em Washington ou em outro lugar, em conexão com esta obra. ME3 440 2 "Somos muito gratos aos nossos irmãos em Washington, e a muitos outros, pelos bondosos, fiéis e diligentes esforços em procurar essas passagens que provavelmente seriam contestadas pelos católicos e outros críticos. Também somos profundamente gratos aos nossos irmãos na Inglaterra e no Continente, bem como a irmãos em Boston, Nova Iorque e Chicago, por haverem ajudado a encontrar e verificar nas grandes bibliotecas as citações difíceis de localizar. Eles fizeram este trabalho a nosso pedido e para ajudar-nos naquilo que pensávamos que devia ser feito. Os usos feitos dos resultados dessa pesquisa podem ser vistos nas referências históricas ao pé da página e no Apêndice. ME3 440 3 "O Apêndice no velho livro, segundo estais lembrados, em parte era explanatório, em parte argumentativo e em parte apologético; mas pareceu-nos que essas notas não eram mais necessárias, e as trinta e uma notas na nova edição consistem principalmente de referências a declarações históricas que mostram a exatidão das afirmações feitas no livro. Achamos que seria útil para o leitor atento dispor dessas referências definidas às declarações de historiadores de renome." Cópia de uma carta escrita pelo pastor G. C. White ME3 441 0 Sanatório, Calif., 25 de Julho de 1911 ME3 441 1 Aos Membros da Comissão de Publicação. Prezados Irmãos: Na carta anexa, para os nossos Agentes Missionários Estaduais, fiz uma breve declaração sobre as alterações que aparecem na nova edição de O Grande Conflito. ME3 441 2 O estudo dessas alterações poderá levar alguns a fazer a pergunta: "Tem a irmã White a autoridade e o direito de fazer modificações em seus escritos publicados, quer por adição ou por omissão, ou por qualquer outra alteração nas formas de expressão, na maneira de descrição ou no plano da argumentação?" ME3 441 3 A simples exposição de alguns fatos a respeito da redação de seus livros e da ampliação e desenvolvimento da história do grande conflito entre Cristo e Satanás, poderá, por si mesma, constituir uma resposta para essa pergunta. ME3 441 4 Admite-se geralmente que nos discursos da irmã White, proferidos ao povo, ela usa grande liberdade e sabedoria na seleção de provas e ilustrações, a fim de tornar clara e convincente sua apresentação das verdades que lhe foram reveladas em visão. E também que ela escolhe tais fatos e argumentos que são apropriados ao auditório para o qual ela está falando. Isto é essencial para a obtenção dos melhores resultados de seus discursos. ME3 441 5 E ela sempre achou e ensinou que era seu dever usar na seleção do material para seus livros a mesma sabedoria que tem usado na seleção do material para seus discursos. ME3 441 6 Quando minha mãe estava escrevendo O Grande Conflito, Volume IV, em 1882-1884, ela foi instruída no tocante ao plano geral do livro. Foi-lhe revelado que devia apresentar um esboço do conflito entre Cristo e Satanás da maneira como ele se desenvolveu nos primeiros séculos da era cristã e na grande Reforma do século dezesseis, de modo a preparar a mente do leitor para compreender claramente como o conflito prossegue em nosso tempo. ME3 442 1 Enquanto Mamãe escrevia este livro, muitas das cenas lhe foram apresentadas reiteradas vezes em visões da noite. A visão do livramento do povo de Deus, segundo é apresentada no Capítulo XL, foi repetida três vezes; e em duas ocasiões, uma no seu lar em Healdsburgo e outra no Sanatório de Santa Helena, membros de sua família, que dormiam em quartos contíguos, foram despertados do sono por sua clara exclamação melodiosa: "Eles vêm! Eles vêm!" (Ver página 636.) ME3 442 2 Várias vezes pensamos que o manuscrito do livro estava pronto para o prelo, e então era repetida uma visão de algum aspecto importante do conflito, e Mamãe escrevia novamente sobre o assunto, tornando a descrição mais completa e clara. Assim foi adiada a publicação, e o livro aumentou de tamanho. ME3 442 3 Minha mãe considerava este novo livro uma expansão do assunto publicado primeiro em "Spiritual Gifts", Volume I (1858) e encontrado agora em Primeiros Escritos, 210-295. ME3 442 4 E apesar da instrução divina a respeito do plano do livro, que o tem tornado tão útil para o público em geral, Mamãe achava que ele se destinava principalmente ao povo adventista dos Estados Unidos. Mais tarde, ao prepará-Lo para uma circulação mais ampla, ela omitiu algumas partes que foram publicadas na edição mais antiga. Exemplos dessa natureza podem ser encontrados no capítulo intitulado: "Os Ardis de Satanás", páginas 518-530. ... ME3 442 5 Em suas primeiras visões, a vida dos patriarcas, a missão e os ensinos de Cristo e Seus apóstolos, e o conflito, da maneira como foi levado avante pela igreja de Cristo, desde a ascensão até o nosso tempo, a princípio lhe foram apresentados resumidamente, e ela os escreveu em artigos breves e abarcantes, conforme podemos ver em Primeiros Escritos. ME3 442 6 Em anos posteriores, um grupo de assuntos após o outro repetidamente lhe era mostrado em visão, e cada vez a revelação realçava mais claramente os pormenores do todo ou de alguns aspectos do assunto. ME3 443 1 Conseqüentemente, minha mãe escreveu e publicou diversas vezes suas visões sobre as várias etapas do grande conflito, e cada vez de modo mais completo. ME3 443 2 Aquilo que foi publicado sobre a queda de Satanás, sobre a queda do homem e sobre o plano da salvação, ocupou oito páginas em Primeiros Escritos. Os mesmos assuntos, segundo foram publicados em Patriarcas e Profetas, ocuparam trinta páginas mais amplas. ME3 443 3 Aquilo que foi publicado em 1858 sobre a vida de Cristo, segundo aparece em Primeiros Escritos, ocupou quarenta páginas. O que foi publicado em 1878 sobre o mesmo assunto cobriu mais de seiscentas páginas de Spirit of Prophecy, Volume II e III. E segundo se acha publicado agora em O Desejado de Todas as Nações e em Parábolas de Jesus, abrange mais de mil páginas. ME3 443 4 Em O Grande Conflito, Volume IV, publicado em 1885, no capítulo "Ardis de Satanás", há três páginas ou mais de material que não foi usado nas edições posteriores, preparadas para serem vendidas às multidões por nossos colportores. É uma excelente e interessante leitura para os observadores do sábado, pois salienta o que Satanás fará para persuadir os pastores e membros das igrejas populares a exaltar o domingo e para perseguir os observadores do sábado. [Atualmente se encontra em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 472-475.] ME3 443 5 Isso não foi omitido por ser menos verídico em 1888 do que em 1885, mas porque minha mãe achou que não era prudente dizer essas coisas às multidões a quem o livro seria vendido em anos futuros. ... ME3 443 6 Com referência a estes e outros trechos de seus escritos que foram omitidos em edições posteriores, ela disse muitas vezes: "Essas declarações são corretas, e são úteis para o nosso povo; mas para o público em geral, para quem agora está sendo preparado este livro, são inoportunas. Cristo disse, mesmo a Seus discípulos: 'Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.' E Cristo ensinou Seus discípulos a ser 'prudentes como as serpentes e símplices como as pombas'. Portanto, como é provável que mais almas serão ganhas para Cristo pelo livro, sem esta passagem do que com ela, omiti-a." ME3 444 1 Quanto às modificações nas formas de expressão, Mamãe disse muitas vezes: "As verdades essenciais precisam ser ditas com franqueza; mas, na medida do possível, devem ser ditas numa linguagem que atraia, e não ofenda." -- Carta de G. C. White, 25 de Julho de 1911. ------------------------Apêndice B ME3 445 0 Declaração feita por G. C. White e W. W. Eastman, 4 de Novembro de 1912 ME3 445 1 Parece-me, irmão Eastman, que precisamos conservar firme nossa confiança no grande Movimento Adventista de 1844, e que não devemos afastar-nos com facilidade das posições mantidas pelos dirigentes desse movimento e pelos pioneiros de nossa própria denominação. ME3 445 2 Ao mesmo tempo, creio que devemos estimular nossos redatores, nossos pastores e os professores em nossas escolas, bem como nosso povo em geral, na medida em que tenham tempo e oportunidade, a serem profundos estudantes da Bíblia e fiéis estudantes da História, para que saibam por si mesmos e possam provar às pessoas que não aceitam nossos livros denominacionais como autoridade, os pontos que mantemos como um povo. Tenho a convicção de que aqueles que escrevem para as nossas revistas denominacionais a respeito das profecias e seu cumprimento devem ser animados a dedicar profundo e diligente estudo aos assuntos sobre os quais eles escrevem, e usar em seus argumentos referências e citações de historiadores que os leitores aceitem como autoridade. ME3 445 3 Pode ser apropriado que um pregador, ao fazer exposições bíblicas a suas congregações, cite trechos de Daniel e Apocalipse e de O Grande Conflito como declarações bem expressas de seus conceitos; mas dificilmente seria prudente que ele os citasse como autorizadas fontes históricas para provar seus argumentos. Penso que você discernirá a razoabilidade desta proposta. Não esperaríamos que um presbiteriano que procurasse provar o acerto de suas teorias para uma congregação de metodistas dependesse em grande parte de escritores presbiterianos para provar seus argumentos; e um metodista que procurasse convencer um batista do acerto da religião metodista não teria o maior êxito usando escritores metodistas como sua autoridade. Em todo o nosso trabalho precisamos esforçar-nos por seguir os métodos que são mais eficazes. ME3 446 1 No tocante à questão de escrever exposições de doutrinas ou profecias, o escritor deve ter ainda maior cuidado do que o pregador para escolher autoridades que sejam aceitas como tais pelo leitor criticador e estudioso. ME3 446 2 Se eu entendi o assunto corretamente, o irmão _____ escreveu artigos sobre as profecias e seu cumprimento em que ele usa Daniel e Apocalipse e O Grande Conflito como autoridade para provar seus argumentos. Considero isso um método muito deficiente. Alguns leitores o aceitarão como algo que estabelece a verdade. Outros leitores o aceitarão como verdadeiro, embora ponham em dúvida a autoridade. Para outros, o uso desses livros denominacionais dessa maneira constituirá um desafio para procurarem provar que há erros nos livros assim usados como autoridade. Não seria melhor para todas as classes se em nossos sermões e artigos provássemos nossos argumentos com referências a autoridades que são aceitas em geral? Os escritos de Ellen G. White sobre história ME3 446 3 Quanto aos escritos de minha mãe e seu uso como autoridade sobre pontos de História e cronologia, Mamãe nunca desejou que nossos irmãos os considerassem como autoridade no tocante a pormenores da História ou de datas históricas. As grandes verdades reveladas a minha mãe a respeito do conflito entre o bem e o mal, a luz e as trevas, lhe foram dadas de diversas maneiras, mas principalmente como rápidas visões de grandes acontecimentos na vida de indivíduos e nas experiências de igrejas, de grupos de reformadores e de nações. O que assim lhe foi revelado, ela o escreveu primeiro sucintamente em Primeiros Escritos, depois de modo mais cabal, como em Spiritual Gifts e em Spirit of Prophecy, e finalmente na série O Conflito dos Séculos. ME3 447 1 Quando escrevia as experiências dos reformadores no tempo da Reforma e no grande Movimento do Advento de 1844, Mamãe muitas vezes fazia primeiro uma descrição parcial de alguma cena que lhe fora apresentada. Posteriormente, ela o escrevia de modo mais completo, e depois ainda mais. Tenho conhecimento de que escreveu quatro ou cinco vezes sobre um assunto, e então lamentava não poder dominar a linguagem para descrever o assunto mais primorosamente. ME3 447 2 Quando redigia os capítulos para O Grande Conflito, ela fazia às vezes uma descrição parcial de um acontecimento histórico importante, e quando a sua copista que preparava os manuscritos para o prelo indagava a respeito do tempo e do lugar, minha mãe dizia que essas coisas foram registradas por historiadores conscienciosos. Que fossem inseridas as datas usadas por esses historiadores. Em outras ocasiões, ao escrever o que lhe fora apresentado, Mamãe encontrava tão perfeitas descrições dos acontecimentos e apresentações dos fatos e das doutrinas em nossos livros denominacionais, que copiava as palavras dessas autoridades. ME3 447 3 Quando foi escrito O Grande Conflito, Mamãe não imaginava que os leitores o considerariam uma autoridade em datas históricas ou o usariam para resolver controvérsias acerca de pormenores da História, e ela não acha agora que ele deve ser usado dessa maneira. Mamãe encara com grande respeito a obra dos fiéis historiadores que dedicaram anos de tempo ao estudo do grande plano de Deus, segundo é apresentado na profecia, e da realização desse plano, segundo é registrada na História. ME3 447 4 Em anos passados, sempre que apareciam provas definidas de que os escritores de nossa literatura adventista não conseguiam encontrar a prova exata de certos pormenores, minha mãe tomou sua posição a favor da correção daquilo que claramente se descobrira estar errado. Quando foi consultada acerca dos esforços que estavam sendo feitos para revisar e corrigir o bom livro Daniel and Revelation, ela sempre se opôs a que fossem feitas muitas modificações, e sempre se mostrou favorável a que se corrigisse aquilo que claramente era incorreto. Cronologia ME3 448 1 Parece-me que há perigo em dar demasiada ênfase à cronologia. Se fosse essencial para a salvação do homem que ele tivesse clara e harmoniosa compreensão da cronologia do mundo, o Senhor não teria permitido as divergências e discrepâncias que encontramos nos escritos dos historiadores bíblicos, e tenho a impressão de que nestes últimos dias não deve haver tanta controvérsia acerca de datas. ME3 448 2 Quanto a mim, digo o seguinte: Quanto mais estudo a experiência do povo adventista, tanto mais me sinto inclinado a honrar, louvar e engrandecer a sabedoria do Deus do Céu que deu a um homem simples como Guilherme Miller uma compreensão das grandes verdades das profecias. É evidente para qualquer pessoa que estudar sua explanação da profecia, que, embora ele tivesse a verdade quanto aos aspectos principais, adotou a princípio muitas interpretações inexatas e incorretas a respeito de certos pormenores. No começo elas foram aceitas por seus associados; Deus suscitou, porém, homens eruditos que tiveram maiores oportunidades para o estudo do que Miller, e esses homens, por seu estudo das profecias e da História, encontraram a verdade acerca de muitos pontos em que a exposição de Miller era incorreta. ME3 448 3 Quem estuda essa experiência do ponto de vista da fé naquele grande Movimento do Advento, segundo é apresentado em Daniel e Apocalipse e em O Grande Conflito, não pode deixar de regozijar-se na bondade de Deus ao ver como Ele introduziu a verdade e a luz por meio do estudo de muitos homens, e parece-me que nós, que amamos a obra edificada sobre esse fundamento, devíamos tratar com muita bondade, com muita consideração, com muito respeito, a obra que Deus ajudou Miller a realizar. Fazer somente afirmações modestas ME3 449 1 Se, porém, afirmarmos que Miller e seus associados tinham perfeito e completo conhecimento da verdade a respeito da correlação entre a História e a profecia, ou se asseverarmos quanto aos pioneiros da terceira mensagem angélica que o seu conhecimento era completo e infalível, se dissermos: "Nunca na história desta Causa fomos obrigados a confessar que estávamos errados", insensata e desnecessariamente suscitaremos críticas que mostrarão ao mundo, de maneira multiforme e exagerada, a imperfeição e as inexatidões de algumas de nossas exposições que foram corrigidas pelos resultados de diligente estudo em anos recentes. ME3 449 2 Parece-me, irmão Eastman, que há grande possibilidade de que debilitemos nossa influência fechando os olhos para o fato de que somos todos como criancinhas, aprendendo dia a dia do grande Mestre, e que é nosso privilégio progredir no conhecimento e na compreensão. Parece-me que é muito mais prudente convencermos o mundo de que Deus nos tem guiado, e de que o está fazendo apresentando de vez em quando incontestáveis evidências do acerto de nossa posição pela clara apresentação da correlação entre a profecia e a História por meio do uso de dados históricos que o mundo não pode pôr em dúvida, do que por quaisquer esforços de nossa parte para provar que as posições que mantínhamos no ano passado, ou há dez anos, vinte anos ou trinta anos, eram infalíveis e inalteráveis. ME3 449 3 Quanto aos escritos de Mamãe, tenho irresistível evidência e convicção de que eles constituem a descrição e delineação do que Deus lhe revelou em visão, e onde ela seguiu a descrição de historiadores ou a exposição de escritores adventistas, creio que Deus lhe deu discernimento para usar aquilo que é correto e que está em harmonia com a verdade acerca de todas as questões essenciais à salvação. Se por meio de diligente estudo for constatado que ela seguiu algumas exposições da profecia que nalgum pormenor referente a datas não possamos harmonizar com nossa compreensão da história secular, isto não influirá sobre a minha confiança nos seus escritos como um todo, assim como a minha confiança na Bíblia também não é influenciada pelo fato de que não consigo harmonizar muitas das declarações relacionadas com a cronologia. ------------------------Apêndice C ME3 451 0 Carta de G. C. White a L. E. Froom, 8 de Janeiro de 1928 ME3 451 1 Prezado Irmão Froom: O correio de ontem trouxe-me sua carta de 3 de Janeiro. Nela você apresenta algumas perguntas, solicitando uma resposta de minha parte. ME3 451 2 Refere-se à lembrança de uma conversa comigo, na qual julga haver eu comentado que minha mãe disse no tocante a alguns de seus escritos: "Meu trabalho é preparar; vosso trabalho é modelá-lo." ME3 451 3 Não me lembro de alguma vez ter ouvido Mamãe fazer semelhante declaração, e não acho que algum de seus auxiliares já a ouviu fazer essa declaração. O pensamento que suscitasse tal declaração não estaria em harmonia com suas idéias a respeito do seu trabalho e do trabalho de suas copistas e secretárias. ME3 451 4 Há uma declaração que fiz a alguns de nossos dirigentes, da qual talvez se tenha desenvolvido a idéia transmitida em sua pergunta. Eu lhes disse que nos primeiros dias de nossa obra, minha mãe escrevera um testemunho para um indivíduo ou para um grupo, contendo informações e conselhos que seriam valiosos para outros, e os irmãos lhe estavam perguntando como ele devia ser usado. Ela disse muitas vezes para meu pai e algumas vezes para ele e seus associados: "Eu fiz minha parte. Escrevi o que o Senhor me revelou. Agora lhes compete dizer como isto deve ser usado." ME3 452 1 O irmão verá prontamente que tal afirmação era muito razoável. Meu pai e seus associados estavam em contato com todos os problemas atinentes à causa da verdade presente, que depois se desenvolveu na obra da Associação Geral, e era uma sábia providência do Céu que eles partilhassem da responsabilidade de dizer como e de que maneira as mensagens deviam ser colocadas diante daqueles a quem se destinavam a beneficiar. ME3 452 2 Você parece pensar que se houvesse tal declaração como a que é mencionada em sua carta, isto seria um benefício para alguns de nossos irmãos. Não posso compreender como seria benéfico para eles. Talvez você possa esclarecê-lo para mim. ME3 452 3 Quanto aos dois parágrafos que se encontram em Spiritual Gifts e também em Spirit of Prophecy, relativamente ao amálgama e à razão por que foram omitidos dos livros posteriores, e à questão de quem assumiu a responsabilidade de omiti-los, posso falar com perfeita clareza e convicção. Eles foram omitidos por Ellen G. White. Ninguém relacionado com o seu trabalho tinha alguma autoridade sobre uma questão dessa natureza, e eu nunca ouvi dizer que alguém lhe deu algum conselho a respeito desse assunto. ME3 452 4 Em todas as questões desse tipo, pode-se ter toda a certeza de que a irmã White foi responsável pela omissão ou pelo acréscimo de assuntos dessa natureza nas edições posteriores de nossos livros. ME3 452 5 A irmã White não somente tinha bom critério baseado em clara e abrangente compreensão das condições e das conseqüências naturais de publicar o que ela escreveu, mas teve muitas vezes instruções diretas do anjo do Senhor acerca do que devia ser omitido e do que devia ser acrescentado em novas edições. ... ME3 452 6 Considere por uns momentos o capítulo na primeira edição de O Grande Conflito, Volume IV [de Spirit of Prophecy], publicado pela Pacific Press em 1884. No Capítulo XXVII, "Os Ardis de Satanás", nota-se que cerca de quatro páginas na última parte do capítulo foram omitidas nas edições posteriores de O Grande Conflito. Essas quatro páginas se encontram em Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 472, 475. As informações contidas nessas quatro páginas são muito valiosas para os Adventistas do Sétimo Dia e foram mui apropriadamente incluídas na primeira edição de O Grande Conflito, Volume IV [de Spirit of Prophecy], que, ao ser publicado, era semelhante aos outros volumes considerados como uma mensagem destinada especialmente aos Adventistas do Sétimo Dia e a [todos] os cristãos que concordavam com eles em crenças e objetivos. ME3 453 1 Quando, porém, foi decidido que O Grande Conflito, Volume IV [de Spirit of Prophecy], devia ser reeditado numa forma para divulgação geral pelos colportores, Ellen G. White sugeriu que aquelas páginas fossem omitidas, devido à probabilidade de que os pastores das igrejas populares, ao lerem essas declarações, ficassem irados e se insurgissem contra a circulação do livro. ME3 453 2 Por que nossos irmãos não estudam as misericordiosas relações de Deus para conosco, concedendo-nos informações por meio do Espírito de Profecia em seus belos, harmoniosos e úteis aspectos, em vez de acusar, criticar e dissecar, procurando cortá-lo em pequenos blocos mecânicos e concretos, como os que compramos para nossos filhos brincarem e então pedimos que alguma outra pessoa os encaixe de tal modo que formem uma figura que agrade a eles, deixando de lado determinadas partes do modelo de que eles não gostam? Suplico que o Senhor nos dê paciência e orientação para fazer o que estiver ao nosso alcance, a fim de ajudar tais pessoas a ver a beleza da obra de Deus. ME3 453 3 O irmão faz alusão a outras cartas contendo perguntas que eu não respondi. Espero abordá-las em breve, mas não esta manhã. Atenciosamente, G. C. White. ME3 453 4 Carta de G. C. White a L. E. Froom, 8 de Janeiro de 1928 ME3 453 5 Prezado Irmão Froom: Depois de enviar-lhe ontem uma carta, encontrei sua carta de 22 de Dezembro. Nela você me diz que durante dois anos inteiros esteve animando o Pastor Daniells a preparar um livro sobre o Espírito de Profecia, mas deixou de dizer-me qual é a resposta que ele dá para esses pedidos. ME3 454 1 Referindo-se às declarações que foram publicadas pelo Pastor Loughborough, você fala da influência exercida sobre ele pelas manifestações físicas e insinua que estas não o atraem. ME3 454 2 Concordo plenamente com você que a grande prova da mão divina no dom para a Igreja remanescente se acha na evidência interna dos próprios escritos. No entanto, sou levado a crer que há algum valor real nas manifestações físicas que acompanharam a concessão da luz e revelação; do contrário Deus não as teria dado. Além disso, sou posto em contato com numerosas pessoas, fervorosas, sinceras e preciosas à vista do Senhor, que consideram essas manifestações físicas como uma questão de grande importância, e elas testificam que sua fé foi muito fortalecida pelo claro conhecimento dos métodos adotados por nosso Pai celestial para a confirmação dos recebedores na luz que Ele lhes deu. ME3 454 3 Você se refere à pequena declaração que lhe enviei sobre a inspiração verbal. Essa declaração feita pela Associação Geral de 1883 estava em perfeita harmonia com as crenças e posições dos pioneiros desta Causa, e era, penso eu, a única posição adotada por todos os nossos pastores e professores até que o Prof. [W. W.] Prescott, presidente do Colégio de Battle Creek, apresentou de maneira muito vigorosa um outro conceito -- o conceito mantido e defendido pelo Professor Gausen. A aceitação desse conceito pelos estudantes do Colégio de Battle Creek e muitos outros, incluindo o Pastor Haskell, resultou na introdução em nossa obra de questões e perplexidades sem fim, e em constante aumento. ME3 454 4 A irmã White jamais aceitou a teoria de Gausen acerca da inspiração verbal, quer da maneira aplicada a sua própria obra, quer da maneira aplicada à Bíblia. ME3 455 1 Você diz que em seu empenho para ter uma compreensão leal e racional dos antecedentes desse maravilhoso dom, tem procurado obter informações a respeito das diversas pessoas que ajudaram a irmã White no aspecto literário da obra. ME3 455 2 Tenho a convicção, irmão Froom, de que você nunca obterá luz acerca dos antecedentes do dom do Espírito de Profecia estudando os característicos e as qualificações das fiéis copistas e dos revisores a quem a irmã White chamou para que a ajudassem no preparo de artigos para publicação em nossos periódicos e de capítulos para seus livros. ME3 455 3 O fundamento para firmar a fé nas mensagens que Deus enviou a Seu povo será encontrado com mais facilidade no estudo de Seu trato com os Seus profetas em séculos passados. Parece-me que o estudo da vida e dos labores e escritos de São Paulo é mais proveitoso e esclarecedor do que qualquer outra linha de estudo que possamos sugerir, e não acho que seremos grandemente ajudados em estabelecer confiança nos escritos de Paulo procurando fazer uma lista de seus auxiliares e pesquisando a história e a experiência deles. É-me fácil crer que Jeremias foi dirigido por Deus em sua escolha de Baruque como copista; e também que Paulo teve sabedoria celestial ao escolher os que seriam seus escreventes de quando em quando, segundo suas necessidades. ME3 455 4 Tenho a convicção de que a irmã Ellen G. White teve orientação celestial ao escolher as pessoas que deviam servir de copistas e as que deviam ajudar a preparar artigos para nossos periódicos e capítulos para nossos livros. ME3 455 5 Estou bem familiarizado com as circunstâncias que a levaram a escolher alguns desses obreiros e dos encorajamentos diretos que lhe foram dados no tocante a suas qualificações e fidedignidade para o trabalho. Também sei de ocasiões em que lhe foi ordenado instruir, advertir e às vezes demitir de seu emprego aqueles cuja falta de espiritualidade os desqualificava para serviço satisfatório. Quanto a isso, o Pastor Starr poderia dar-lhe um interessante capítulo a respeito da experiência da irmã White com a Srta. Fannie Bolton, e eu poderia falar-lhe de uma circunstância na qual ela se separou de sua própria sobrinha, Mary Clough, a quem muito amava. ME3 456 1 No começo da década de 1860, a irmã White estava sem ajuda, exceto de seu marido, o qual prestava atenção enquanto ela lia capítulos do manuscrito e sugeria as correções gramaticais que lhe vinham à mente. Como menino, recordo haver presenciado circunstâncias como esta -- O Pastor White, em seu cansaço, estava deitado no sofá, e a irmã White trazia um capítulo escrito para Spiritual Gifts e lia para ele, e ele sugeria, segundo foi declarado acima, correções gramaticais. Artigos para os Testemunhos eram tratados de maneira semelhante. ME3 456 2 Além dos poucos testemunhos que eram impressos, muitos testemunhos pessoais eram enviados a indivíduos, e muitas vezes a irmã White escrevia, dizendo: "Não tenho ninguém para copiar este testemunho. Por favor, faça uma cópia por si mesmo e envie o original de volta para mim." Como resultado desse método de trabalho, temos em nossa caixa forte de manuscritos muitos dos antigos testemunhos na caligrafia da irmã White. ME3 456 3 No começo da década de 1860, a irmã Lucinda M. Hall desempenhou as funções de governanta, secretária e por vezes companheira de viagem da irmã White. Ela era ao mesmo tempo tímida e conscienciosa, e só corrigia os erros gramaticais mais evidentes. Por volta de 1862, a irmã Adélia Patten juntou-se à família White e fez algumas cópias para a irmã White. Mais tarde ela se juntou à Review and Herald. ME3 456 4 No outono de 1872 a irmã White visitou o Colorado e ficou conhecendo sua sobrinha Mary C. Clough, e em '74, '75 e '76 a Srta. Clough ajudou a preparar cópias para Spirit of Prophecy, Volumes II e III. Ela também acompanhou o Pastor e a Sra. White em seus trabalhos nas reuniões campais, e serviu de repórter para a imprensa pública, sendo assim o primeiro agente publicitário empregado regularmente pela denominação, e pode ser considerada como a avó de nosso departamento de publicidade. ME3 457 1 Sua experiência como repórter de jornais, a confiança que ela obteve assim, e o louvor acumulado sobre o seu trabalho, incapacitaram-na para a delicada e sagrada obra de ser revisora de artigos para a Review e de capítulos para O Grande Conflito. Numa visão foi apresentado à irmã White que ela e Mary estavam olhando para alguns notáveis acontecimentos no céu. Eles significavam muita coisa para a irmã White, mas para Mary pareciam não significar coisa alguma; e o anjo disse: "As coisas espirituais se discernem espiritualmente", e então ele recomendou que a irmã White não empregasse mais a sobrinha como sua revisora de livros. ME3 457 2 Durante 1868, '69 e '70 várias pessoas foram empregadas pela irmã White para copiar seus testemunhos. Entre elas estavam a Srta. Emma Sturgess, mais tarde esposa de Amós Prescott; a Srta. Anna Hale, mais tarde esposa de Irwin Royce; e outras, cujos nomes não recordo agora. ME3 457 3 Após a morte do Pastor [Tiago] White, em 1881, a irmã White empregou a irmã Mariana Davis. Ela fora durante alguns anos revisora na Review and Herald, e a irmã White recebeu a garantia, pela revelação, de que a irmã Davis seria uma auxiliar conscienciosa e fiel. Posteriormente, a irmã Elisa Burnham foi empregada pela irmã White, e em certa época a Sra. B. L. Whitney e Fannie Bolton foram empregadas em Battle Creek como auxiliares quando havia muito trabalho para fazer. A irmã Davis esteve com a irmã White na Europa em 1886 e 1887. Ela foi também a principal auxiliar da irmã White na Austrália. ME3 457 4 Quando o trabalho na Austrália cresceu, a irmã Burnham foi chamada para ajudar na preparação de livros, e Maggie Hare e Minnie Hawkins foram empregadas como copistas. ME3 457 5 Esqueci de mencionar que durante os anos em que a irmã White esteve em Healdsburgo, a irmã J. I. Ings realizou muitas cópias de testemunhos e de manuscritos. ME3 457 6 Em certa época, enquanto estávamos na Austrália, foi proposto que Special Testimonies to Ministers (isto é, Special Testimonies, Series A), publicados e expedidos pelo Pastor [O. A.] Olson no começo da década de 1890, fossem reimpressos -- sendo a matéria agrupada de acordo com os assuntos. Enquanto isso estava em consideração, sucedeu que o Pastor W. A. Colcord, que uma vez fora secretário da Associação Geral e por muitos anos um dos principais escritores sobre assuntos de liberdade religiosa, se achava desempregado, e a meu pedido a irmã White o empregou para pegar os testemunhos especiais e agrupar a matéria de acordo com os assuntos, para reedição. Ele passou várias semanas nesse trabalho, sendo pago pela irmã White; mas a obra nunca foi usada. Se eu estou bem lembrado, esse constituiu o limite de sua ligação com a obra literária dela. ME3 458 1 O último trabalho realizado pela irmã Davis foi a seleção e a organização do material usado em A Ciência do Bom Viver. ME3 458 2 O Pastor C. C. Crisler ajudou a irmã White a escolher e organizar o material publicado em Atos dos Apóstolos e Profetas e Reis. ME3 458 3 Este esboço do trabalho e dos obreiros não pretende ser completo. Nunca foi considerado por mim ou por qualquer dos auxiliares da irmã White que o pessoal de sua força de trabalho era de primordial interesse para os leitores de seus livros. Ela escrevia a matéria. Ela escrevia mui extensamente. Sempre havia divergências entre ela e os publicadores sobre a quantidade do material que devia ser usado. A irmã White ficava mais contente quando o assunto era apresentado na íntegra, e os publicadores sempre faziam pressão para que o material fosse condensado ou abreviado, de modo que o livro não se tornasse muito grande. Conseqüentemente, depois que importantes capítulos estavam preparados para o prelo, e às vezes depois que foram enviados para lá, era dada à irmã White uma nova apresentação do assunto, e ela escrevia partes adicionais e insistia que fossem incluídas. Esta experiência se aplicou principalmente a O Grande Conflito, Volume IV [de Spirit of Prophecy]. ME3 458 4 Uma dificuldade correspondente com a quantidade do material preparado para O Desejado de Todas as Nações foi superada em parte pela reserva de certas porções que foram usadas em Parábolas de Jesus e O Maior Discurso de Cristo. ME3 459 1 Quanto à leitura de obras de autores contemporâneos durante o tempo da preparação desse livros, há muito pouco para se dizer, porque, quando a irmã White se achava diligentemente ocupada em escrever, ela dispunha de bem pouco tempo para ler. Antes do seu trabalho de escrever sobre a vida de Cristo e durante o tempo de sua escrita, até certo ponto, ela leu as obras de Hanna, Fleetwood, Farrar e Geikie. Eu nunca soube que ela leu Edersheim. Ocasionalmente consultava Andrews, em especial no tocante à cronologia. ME3 459 2 Por que ela leu alguns desses livros? Os grandes acontecimentos do conflito dos séculos expostos na série com este nome lhe foram apresentados, em parte, em muitas ocasiões diferentes. Na primeira apresentação foi-lhe dado um breve esboço, segundo consta na terceira seção do livro que agora se chama Primeiros Escritos. ME3 459 3 Mais tarde lhe foram apresentados os grandes acontecimentos da era patriarcal e a experiência dos profetas, da maneira exposta em seus artigos em Testimonies for the Church e em suas séries de artigos publicados em anos posteriores na Review, The Signs of the Times e Southern Watchman. Essas séries, como você deve estar lembrado, tratam de modo bem amplo da obra de Esdras, Neemias, Jeremias e outros profetas. ME3 459 4 Os grandes acontecimentos que ocorreram na vida de nosso Senhor lhe foram apresentados em cenas panorâmicas, como sucedeu também com as outras partes de O Grande Conflito. Nalgumas dessas cenas a cronologia e a geografia foram apresentadas com clareza, mas na maior parte da revelação as cenas instantâneas, que eram muito vívidas, e as conversações e discussões, que ela ouviu e pôde relatar, não foram assinaladas geográfica ou cronologicamente, e ela teve de estudar a Bíblia, a História e os escritos de homens que apresentaram a vida de nosso Senhor, a fim de obter a conexão cronológica e geográfica. ME3 460 1 Outro propósito da leitura de obras de História e de Life of Our Lord e de Life of St. Paul era que, ao fazê-lo, lhe vinham vividamente à memória cenas claramente apresentadas em visão; as quais, com o passar dos anos e seu denodado ministério, se obscureceram em sua memória. ME3 460 2 Muitas vezes, na leitura de Hanna, Farrar ou Fleetwood, ela se apressava a fazer a descrição de uma cena que lhe fora apresentada vividamente, mas tinha sido olvidada, e que conseguia descrever mais detalhadamente do que aquilo que havia lido. ME3 460 3 Não obstante todo o poder que Deus lhe havia dado para expor as cenas da vida de Cristo e Seus apóstolos, de Seus profetas e de Seus reformadores de maneira mais vigorosa e impressionante do que outros historiadores, ela sempre sentia intensamente os resultados de sua falta de educação escolar. Admirava a linguagem em que outros escritores haviam apresentado a seus leitores as cenas que Deus lhe mostrara em visão, e considerava um prazer, uma conveniência e uma economia de tempo usar a linguagem deles na íntegra ou em parte ao apresentar as coisas que ela conhecia pela revelação e que desejava transmitir aos seus leitores. ME3 460 4 Em muitos de seus manuscritos, da maneira como saíram de sua mão, foram usadas aspas. Noutros casos elas não foram usadas; e o seu costume de usar partes de frases encontradas nos escritos de outros e preencher uma parte com sua própria composição, não se baseava num plano definido, nem foi contestado por seus copistas e planejadores de anúncios até cerca de 1885 e mais adiante. ME3 460 5 Quando os críticos indicaram esse aspecto de sua obra como uma razão para pôr em dúvida o dom que a habilitara a escrever ela deu pouca atenção para isso. Mais tarde, quando foi feita a queixa de que isso constituía uma injustiça a outros publicadores e escritores, ela efetuou uma mudança decisiva -- com a qual você está familiarizado. ME3 461 1 Tenho a convicção, irmão Froom, de que não posso reafirmar com demasiada frequência o fato de que a mente da irmã White era intensamente ágil no tocante ao conteúdo dos artigos publicados em nossos periódicos e dos capítulos que compõem os seus livros, e de que ela contava com o auxílio do Céu e era notavelmente perspicaz em descobrir qualquer erro feito pelas copistas ou pelos revisores. Esta condição predominou durante todos os seus atarefados anos antes da morte de seu marido e depois da morte dele, durante o seu ministério na Europa e na Austrália, e na maior parte dos anos passados na América, após o seu regresso da Austrália. ME3 461 2 Em seus últimos anos, sua supervisão não era tão abrangente; ela foi, porém, maravilhosamente abençoada em sua inteligência ao dar instruções sobre o material escrito anteriormente, que estava sendo usado em seus últimos anos, e ao indicar os assuntos que precisavam ser salientados e os que podiam ser poupados ao continuarmos o trabalho de condensação dos livros maiores no preparo dos exemplares para tradução em línguas estrangeiras. ME3 461 3 Por favor, leia esta declaração para o Pastor Daniells, e se notar que na minha pressa eu deixei o assunto de tal modo que com facilidade possa ser mal interpretado, queira indicar isso para mim, dando-me a oportunidade de reforçar o assunto antes que você o coloque diante de outros dos seus irmãos. Sinceramente, G. C. White. ME3 461 4 Carta de G. C. White a L. E. Froom, 13 de Dezembro de 1934 ME3 461 5 Prezado Irmão Froom: Tenho em mãos sua carta de 3 de Dezembro. As perguntas que você faz são muito abrangentes e um tanto difíceis de responder. ME3 462 1 É um fato que durante os meus trinta ou mais anos de associação com Ellen White, tive a máxima confiança em seu ministério. Sei que ela recebeu revelações de Deus que foram de incalculável valor para a Igreja e para o mundo. Não entrei tão plenamente como alguns de nossos irmãos desejam fazer numa análise das fontes de informação que a habilitaram a escrever os seus livros. ME3 462 2 A estrutura do grande templo da verdade sustentado por seus escritos foi-lhe apresentada claramente em visão. Nalguns aspectos desta obra, a informação foi dada detalhadamente. No tocante a outros aspectos da revelação, como os aspectos da cronologia profética, quanto à ministração no santuário e às modificações que ocorreram em 1844, o assunto lhe foi apresentado muitas vezes, e pormenorizadamente em numerosas ocasiões, e isto a habilitou a falar muito clara e positivamente a respeito das colunas fundamentais de nossa fé. ME3 462 3 Nalgumas das questões históricas, como as que são realçadas em Patriarcas e Profetas, em Atos dos Apóstolos e em O Grande Conflito, as partes principais foram tornadas muito claras e evidentes para ela, e quando passou a escrever sobre esses assuntos, teve de estudar a Bíblia e a História, a fim de obter datas e relações geográficas e completar sua descrição dos pormenores. ME3 462 4 Ellen White era uma leitora veloz e tinha boa memória. As revelações que ela recebeu a habilitaram a compreender de maneira vigorosa os assuntos sobre os quais havia lido. Isto a habilitou a escolher e aproveitar o que era verdadeiro, e a rejeitar o que era errôneo ou duvidoso. ME3 462 5 Ela leu diligentemente a obra History of the Reformation of the Sixteenth Century ("História da Reforma do Século Dezesseis"). Grande parte da história de D'Aubigné ela a leu em voz alta para meu pai. Era uma leitora atenta de revistas religiosas, e durante os muitos anos em que Uriah Smith foi redator da Review, ela costumava solicitar-lhe que depois de haver utilizado as permutas de periódicos religiosos, os enviasse para ela, e passava uma parte de seu tempo examinando-os e escolhendo preciosas coisas que às vezes apareciam na Review. Nesses periódicos ela também colhia informações sobre o que se passava no mundo religioso. ME3 463 1 Quanto ao estudo de livros, houve um tempo, pouco depois da construção do edifício de tijolos que abrigava as oficinas da Review and Herald, em que o grande aposento voltado para o lado norte, no segundo pavimento, foi designado ao Pastor e à Sra. White como sua sala editorial e de redação. Nela se encontrava a biblioteca da Review and Herald. O Pastor White se referiu a isso em seus escritos, e Ellen White fez uma seleção de livros da biblioteca que ela considerava úteis para ler. ME3 463 2 É digno de nota que em sua leitura e investigação dos livros, a mente era dirigida para os livros mais proveitosos e para as passagens mais úteis contidas nesses livros. De vez em quando ela mencionava para Papai, e em minha presença, sua experiência ao ser levada a examinar um livro que nunca consultara antes, e sua experiência em abri-lo em determinadas passagens que a ajudaram a descrever o que tinha visto e desejava apresentar. ME3 463 3 Suponho que as Memórias de Bliss se encontravam nessa biblioteca, mas não sei se ela as leu, ou não. Jamais a ouvi mencionar esse livro em conexão com a sua obra. ME3 463 4 As notas explicativas encontradas em seus grandes livros de colportagem foram, algumas delas, escritas por ela mesma, mas a maioria foi escrita por J. H. Waggoner, Uriah Smith e M. C. Wilcox, conjuntamente com Mariana Davis. ME3 463 5 Você pergunta se Tiago White trazia livros para Ellen White, cuja leitura a ajudava em sua escrita. Não me lembro de nenhuma ocorrência dessa natureza. Recordo-me de que de vez em quando ela chamava a atenção do marido para trechos interessantes que estivera lendo. ME3 463 6 Você pergunta se os auxiliares chamavam-lhe a atenção para declarações que, na opinião deles, poderiam ajudá-la em seus escritos. Não ocorreu nada disso antes de ser escrito O Grande Conflito, volume 4 [de Spirit of Prophecy], em Healdsburgo, em 1883 ou 1884. Então isto sucedeu raras vezes, e se relacionou com pequenos pormenores. ME3 464 1 Quando estivemos em Basiléia, em 1886, tivemos uma interessantíssima experiência com um grupo de tradutores. Notamos que nossos irmãos na Europa estavam muito desejosos de que O Grande Conflito, volume 4 [de Spirit of Prophecy] fosse traduzido para o francês e para o alemão. ... ME3 464 2 A fim de fornecer esse livro ao povo francês, o Pastor Au Franc fora empregado como tradutor, e vertera vinte ou mais capítulos para o que ele considerava seu excelente francês. Nem todos estavam satisfeitos com a sua tradução, e o Pastor Jean Vuilleumier fora empregado para fazer traduções, e completara mais uma meia dúzia de capítulos. ME3 464 3 Quanto ao alemão, houve três tentativas de tradução. O Professor Kuhns, a Sra. Bach e Henry Fry eram os tradutores. ME3 464 4 Que devíamos fazer? Várias pessoas eram concordes em condenar cada uma dessas traduções, e tornava-se difícil encontrar mais de duas pessoas que dissessem uma boa palavra em seu favor. ME3 464 5 O Pastor Whitney, gerente do escritório de Basiléia, reconheceu o fato de que os escritos da irmã White eram difíceis. As figuras de linguagem, nalguns casos, eram compreendidas imperfeitamente pelos tradutores, e noutros casos em que eles as compreendiam, os tradutores não conheciam suficientemente bem a fraseologia religiosa de sua própria língua para fazer uma tradução correta. ME3 464 6 Finalmente foi tomada uma providência. Todas as manhãs, às nove horas, dois dos tradutores alemães, dois dos tradutores franceses, o Pastor Whitney, a irmã Davis e eu mesmo nos reuníamos na sala da redação, e era lido e comentado capítulo após capítulo do livro em inglês. Os tradutores, ao encontrar uma passagem difícil, paravam a leitura e debatiam entre eles mesmos qual devia ser o fraseado no francês e no alemão. Freqüentemente o Pastor Whitney parava a leitura e dizia: "João, como você traduziria isso?" Então ele se voltava para o Pastor Au Frank, dizendo: "Concorda com isso?" Percebendo que eles não compreendiam com inteireza o texto inglês, a irmã Davis e o irmão Whitney debatiam o seu significado e então os tradutores sugeriam novamente uma tradução. ME3 465 1 Quando chegamos aos capítulos relacionados com a Reforma na Alemanha e na França, os tradutores comentaram sobre a natureza oportuna da seleção de acontecimentos históricos feita pela irmã White, e em dois casos de que me lembro eles afirmaram que havia outros acontecimentos de idêntica importância que ela não havia mencionado. Quando isso foi levado ao seu conhecimento, ela solicitou que as narrativas lhe fossem apresentadas para que pudesse considerar a importância dos acontecimentos que haviam sido mencionados. A leitura do relato avivou-lhe a lembrança do que havia visto, e depois disso ela fez uma descrição do acontecimento. ME3 465 2 Estive com Mamãe quando visitamos Zurique, e recordo muito bem quão profundamente sua memória foi despertada pela contemplação da antiga catedral e da praça do mercado, e ela mencionou como eram nos dias de Zuínglio. ME3 465 3 Durante os seus dois anos de residência em Basiléia, ela visitou muitos lugares em que ocorreram acontecimentos de especial importância nos dias da Reforma. Isto avivou-lhe a lembrança do que lhe fora mostrado e conduziu a importante ampliação das partes do livro que tratavam do tempo da Reforma. ... Com mui atenciosas saudações, subscrevo-me, Sinceramente, seu irmão, G. C. White. ------------------------Música -- Sua Influência na Vida do Cristão MI 9 1 Capítulo 1 -- O papel da música MI 17 1 Capítulo 2 -- A música em Israel MI 23 1 Capítulo 3 -- As características da música MI 31 1 Capítulo 4 -- O que deve ser evitado MI 35 1 Capítulo 5 -- Música mal utilizada MI 45 1 Capítulo 6 -- As músicas perigosas MI 55 1 Capítulo 7 -- A música secular MI 59 1 Capítulo 8 -- Os músicos MI 65 1 Capítulo 9 -- Um testemunho especial MI 73 1 Apêndice 1 -- Filosofia Adventista do Sétimo Dia com relação à música MI 83 1 Apêndice 2 -- Orientações com relação à música ------------------------Capítulo 1 -- O papel da música MI 9 1 "É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. ... [Através dela] as tentações perdem o seu poder, a vida assume novo sentido e propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas!" -- Educação, 167. Seu poder MI 10 1 A história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos e benefícios da música e do canto. A música muitas vezes é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação. Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a elevar os pensamentos para aspirações nobres e sublimes, a inspirar e elevar o espírito. MI 10 2 Assim como os filhos de Israel, atravessando o deserto, suavizavam a viagem pela música de cânticos sagrados, Deus ordena a Seus filhos hoje que alegrem a sua vida peregrina. Poucos meios há mais eficazes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cânticos. E tal cântico tem maravilhoso poder. Tem poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para suscitar pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço. MI 10 3 É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, ao coração duramente oprimido e pronto a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de Deus -- as de um estribilho, há muito esquecido, de um hino da infância -- e as tentações perdem o seu poder, a vida assume novo sentido e propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas! MI 11 1 Nunca se deve perder de vista o valor do canto como meio de educação. Que haja cântico no lar, de hinos que sejam suaves e puros, e haverá menos palavras de censura e mais de ânimo, esperança e alegria. Haja canto na escola, e os alunos serão levados para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros. MI 11 2 Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração. Efetivamente, muitos hinos são orações. -- Educação, 166, 167. Para vencer o desânimo MI 11 3 Caso houvesse muito mais louvor ao Senhor, e menos repetição de expressões de desânimo, muito mais vitórias seriam obtidas. -- Evangelismo, 499. MI 11 4 Que o louvor e ações de graças sejam expressos em cânticos. Quando tentados, em vez expressar nossos sentimentos, ergamos pela fé um hino de gratidão a Deus. ... MI 11 5 O canto é uma arma que podemos empregar sempre contra o desânimo. Ao abrirmos assim o coração à luz da presença do Salvador, teremos saúde e Sua bênção. -- A Ciência do Bom Viver, 254. Para impressionar o coração com a verdade MI 12 1 O canto é um dos meios mais eficazes para gravar a verdade espiritual no coração. Freqüentemente, pelas palavras de um canto sagrado, são liberadas as fontes do arrependimento e da fé. -- Evangelismo, 500. Para fortalecer a vida cristã MI 12 2 À noitinha e pela manhã os filhos devem ser reunidos para o culto a Deus, lendo Sua Palavra e cantando Seu louvor. Devem ser ensinados a repetir a lei de Deus. Os israelitas eram ensinados acerca dos mandamentos: "E as intimarás [as palavras] a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te." Deuteronômio 6:7. Portanto, Moisés orientou os israelitas a colocar em música as palavras da lei. ... MI 12 3 Se era essencial que Moisés incorporasse os mandamentos nos cânticos, de modo que, enquanto caminhassem pelo deserto, os filhos aprendessem a cantar a lei verso por verso, quão essencial é, no tempo atual, ensinar a nossos filhos a palavra de Deus! Vamos fazer o que o Senhor espera, instruindo nossos filhos a observar os mandamentos ao pé da letra. Façamos tudo quanto nos é possível para colocar música em nosso lar, e Deus possa aí entrar. -- Evangelismo, 499, 500. Para tornar o trabalho mais agradável MI 13 1 Tornemos agradável o nosso trabalho por meio de cânticos de louvor. -- Orientação da Criança, 148. Para afastar o inimigo MI 13 2 Vi que diariamente devemos nos levantar e dominar os poderes das trevas. Nosso Deus é poderoso. Vi que cantar para a glória de Deus afasta o inimigo, e que louvar a Deus o derrota e nos concede a vitória. -- Mensagens Escolhidas 3:332. Para vencer a tentação MI 13 3 Quando Cristo era criança como estas, era tentado a pecar, porém não cedia à tentação. Ao ter mais idade, ainda era tentado, mas os cânticos que Sua mãe Lhe ensinara vinham-Lhe à mente, e Ele erguia a voz em louvor. E antes de os companheiros se aperceberem, estavam cantando com Ele. Deus quer que nos sirvamos de todos os recursos que o Céu tem providenciado para resistir ao inimigo. -- Evangelismo, 498. Para trazer alegria MI 14 1 O alvorecer encontrava-O [Jesus] muitas vezes em algum lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou em oração. Com cânticos saudava a luz da manhã. Com hinos de gratidão alegrava Suas horas de atividade, e levava a alegria celestial ao cansado e ao abatido. -- A Ciência do Bom Viver, 52. Para criar um ambiente inspirador MI 14 2 Exprimia freqüentemente o contentamento que Lhe ia no coração, cantando salmos e hinos celestiais. Muitas vezes os moradores de Nazaré ouviam Sua voz erguer-se em louvor e ações de graças a Deus. Estabelecia comunhão com o Céu através de cânticos; e quando os companheiros se queixavam da fadiga do trabalho, eram animados pela doce melodia de Seus lábios. Podia se dizer que Seu louvor afugentava os anjos maus e, como incenso, enchia de fragrância o lugar em que Se achava. O espírito dos ouvintes era redirecionado, dos interesses terrestres para o lar celestial. -- O Desejado de Todas as Nações, 73. ------------------------Capítulo 2 -- A música em Israel MI 17 1 "Fazia-se com que a música servisse a um santo propósito, a fim de erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e edificante, e despertar na pessoa devoção e gratidão para com Deus." -- Patriarcas e Profetas, 594. Fixava as lições ensinadas por Deus MI 18 1 Enquanto o povo viajava pelo deserto, muitas lições preciosas se lhes fixavam na mente por meio de cânticos. Na ocasião em que se livraram do exército de Faraó, todo o povo de Israel participou do cântico de triunfo. Ao longe, pelo deserto e pelo mar, ecoava o festivo estribilho, e as montanhas repercutiam as modulações de louvor: "Cantai ao Senhor, porque sumamente Se exaltou." Êxodo 15:21. Muitas vezes durante a jornada era repetido esse cântico, animando os corações e avivando a fé nos viajantes peregrinos. Os mandamentos, conforme foram dados no Sinai, com promessas de favor de Deus e referências às Suas maravilhosas obras em seu livramento, foram por orientação divina expressos em cânticos, e cantados ao som de música instrumental, sendo devidamente acompanhados pelo povo. MI 18 2 Assim, elevavam-se seus pensamentos acima das provações e dificuldades do caminho; abrandava-se, acalmava-se aquele espírito inquieto e turbulento; implantavam-se os princípios da verdade na memória; e fortalecia-se a fé. A ação combinada ensinava ordem e unidade, e o povo era levado a um contato mais íntimo com Deus e uns com outros. -- Educação, 39. Era ensinada nas escolas MI 19 1 Tanto nas escolas como nos lares, grande parte do ensino era oral; mas os jovens também aprendiam a ler os escritos hebraicos, e os rolos de pergaminho das escrituras do Antigo Testamento eram abertos ao seu estudo. Os principais assuntos nos estudos dessas escolas eram: a lei de Deus, com as instruções dadas a Moisés; a história sagrada; música sacra e poesia. -- Educação, 47. Tinha um propósito santo MI 19 2 Intelectos santificados tiravam do tesouro de Deus coisas novas e velhas, e o Espírito de Deus Se manifestava na profecia e no cântico sagrado. MI 19 3 Fazia-se com que a música servisse a um santo propósito, a fim de erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e edificante, e despertar na pessoa devoção e gratidão para com Deus. Que contraste entre o antigo costume e os usos a que muitas vezes é a música hoje dedicada! Quantos empregam esse dom para exaltar o eu, em vez de usá-lo para glorificar a Deus! O amor pela música leva os incautos a unir-se com os amantes do mundo nas reuniões de diversões aonde Deus proibiu a Seus filhos irem. Assim aquilo que é uma grande bênção quando devidamente usado, torna-se um dos mais bem-sucedidos fatores pelos quais Satanás distrai a mente do dever e da contemplação das coisas eternas. MI 20 1 A música faz parte do culto a Deus nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O devido treino da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser negligenciado. O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, da mesma forma que a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar-lhe a expressão correta. -- Patriarcas e Profetas, 594. Relembrava as histórias do passado MI 20 2 A viagem a Jerusalém, daquela maneira simples, patriarcal, por entre as belezas da primavera, o esplendor do verão, ou a glória de um outono amadurecido, era um deleite. Com ofertas de gratidão vinham eles, desde o homem de cabelos brancos até a criancinha, a fim de se encontrar com Deus em Sua santa habitação. Enquanto viajavam, as experiências do passado, as histórias que tanto idosos como jovens ainda amam tanto, eram de novo contadas às crianças hebréias. Eram entoados os cânticos que os haviam encorajado na peregrinação no deserto. Os mandamentos de Deus eram recitados em cantochão e, em combinação com as abençoadas influências da natureza e da cordial amizade, fixavam-se para sempre na memória das crianças e dos jovens. -- Educação, 42. ------------------------Capítulo 3 -- As características da música MI 23 1 "A música deve possuir beleza, poder e ternura para comover. Ergam-se as vozes em cânticos de louvor e adoração. Que haja acompanhamento, se possível, de instrumentos musicais, e a gloriosa harmonia suba a Deus como uma oferta aceitável." -- Evangelismo, 505. Tons claros e suaves, sem estridência MI 24 1 Não há palavras para descrever adequadamente as profundas bênçãos do louvor genuíno. Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais entram na harmonia e se unem ao cântico de ação de graças. Aquele que nos concedeu todos os dons, que nos habilitam a ser coobreiros de Deus, espera que Seus servos cultivem a voz, de modo que possam falar e cantar de maneira compreensível a todos. Não é o cantar forte que é necessário, mas a entonação clara, a pronúncia correta e a expressão vocal distinta. Que todos dediquem tempo para cultivar a voz, de maneira que o louvor a Deus seja entoado em tons claros e suaves, sem estridências que ofendam o ouvido. A habilidade de cantar é um dom de Deus; seja ela usada para Sua glória. -- Testemunhos para a Igreja 9:143, 144. Beleza, poder e ternura para comover MI 24 2 A música pode ser um grande poder para o bem; contudo não tiramos o máximo proveito dessa parte do culto. O cântico é geralmente orientado pelo impulso ou para atender casos especiais, e em outras vezes os que cantam o fazem mal, e a música perde o devido efeito sobre a mente das pessoas. A música deve possuir beleza, poder e ternura para comover. Ergam-se as vozes em cânticos de louvor e adoração. Que haja acompanhamento, se possível, de instrumentos musicais, e a gloriosa harmonia suba a Deus como uma oferta aceitável. MI 25 1 Mas às vezes é mais difícil disciplinar os cantores e fazê-los atuar de forma adequada, do que desenvolver hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas à sua maneira. Não concordam com as regras, e ficam impacientes sob a liderança de alguém. No serviço de Deus tem de haver planos bem amadurecidos. O bom senso é coisa excelente no culto do Senhor. -- Evangelismo, 505. Poder para testemunhar MI 25 2 Há muita emoção e música na voz humana, e se o aluno fizer decididos esforços, adquirirá hábitos de falar e cantar que lhe serão uma força no ganhar pessoas para Cristo. -- Evangelismo, 504. Volume moderado e tonalidade natural MI 25 3 Pode-se fazer grande aperfeiçoamento no cantar. Pensam alguns que, quanto mais alto cantarem, tanto mais música fazem; barulho, porém não é música. O bom canto é como a música dos pássaros -- suave e melodioso. MI 26 1 Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Unem-se a nós nos cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento. -- Evangelismo, 510. Solenidade e reverência MI 26 2 A melodia do canto, derramando-se do coração num tom de voz claro e distinto, representa um dos instrumentos divinos para a salvação das pessoas. Todo o culto deve ser efetuado com solenidade e reverência, como que na visível presença do próprio Deus. -- Testemunhos Seletos 2:195. Melodia e clareza MI 26 3 Alegro-me que a música tenha sido trazida para a escola de Healdsburg. Em cada escola a instrução no canto é grandemente necessária. -- The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. Deveria haver mais interesse na cultura da voz do que é agora em geral manifestado. Os alunos que têm aprendido a cantar os suaves hinos do evangelho com melodia e clareza podem atuar muito bem como cantores evangelistas. Eles encontrarão muitas oportunidades de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e luz a muitos lugares solitários e entenebrecidos pelo pecado, dor e aflição, cantando para aqueles que raramente têm os privilégios da igreja. -- Evangelismo, 504. MI 27 1 Alunos, vão aos caminhos e valados. Empenhem-se por alcançar tanto as classes mais ricas como as mais pobres. Entrem nos lares de ricos e humildes e assim que tiverem oportunidade, perguntem: "Poderíamos cantar para o seu deleite? Ficaríamos alegres se pudéssemos ter um momento de canto." Desse modo, à medida que os corações se suavizam, o caminho pode-se abrir para que possam oferecer algumas palavras de prece pela bênção de Deus. Poucos recusarão. -- Evangelismo, 502. MI 27 2 Tal ministério é um genuíno trabalho missionário. (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 548.) Deus deseja que cada um de nós se converta e aprenda a se engajar em esforços missionários de modo diligente. Ele nos abençoará neste serviço pelos outros e veremos Sua salvação. -- The Review and Herald, 27 de Agosto de 1903. Como um dom de Deus MI 28 1 A voz humana no canto é um dos talentos dados por Deus para ser empregados para Sua glória. O inimigo da justiça utiliza com muita habilidade esse talento em seu favor. E aquilo que é um dom de Deus, para ser uma bênção às pessoas, é pervertido, mal aplicado, e serve aos objetivos de Satanás. Esse talento da voz é uma bênção, desde que seja consagrado ao Senhor para servir a Sua causa. -- Evangelismo, 498. Deve ser bem utilizada no louvor congregacional MI 28 2 Escolha-se um grupo de pessoas para tomar parte no serviço de canto. E seja este acompanhado por instrumentos de música habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso de instrumentos musicais em nossa obra. Essa parte da adoração deve ser cuidadosamente dirigida, pois é o louvor através do cântico. Nem sempre o canto deve ser feito apenas por alguns. Permita-se o quanto possível que toda a congregação dele participe. -- Testimonies for the Church 9:144. Momentos de louvor MI 28 3 Os cânticos não devem ser apresentados por uns poucos. Todas as pessoas presentes devem ser animadas a participar cantando os hinos. -- Carta 157, 1902. Envolve o uso de instrumentos musicais MI 29 1 Seja o talento do canto introduzido na obra. O emprego de instrumentos de música não é absolutamente objetável. Eles eram usados nos cultos dos tempos antigos. Os adoradores louvavam a Deus com a harpa e o címbalo, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Isso faz aumentar o interesse. -- Evangelismo, 500, 501. Louva a Deus MI 29 2 Alegro-me de ouvir aqui os instrumentos de música. Deus quer que os tenhamos. Quer que O louvemos, de alma e coração e com a nossa voz, engrandecendo Seu nome perante o mundo. -- Evangelismo, 503, 504. ------------------------Capítulo 4 -- O que deve ser evitado MI 31 1 "Os que fazem do canto uma parte do culto divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral porém melodias alegres e todavia solenes. A voz pode e deve ser modulada, suavizada e dominada." -- Evangelismo, 508. Vozes estridentes MI 32 1 A música forma uma parte do culto de Deus nas cortes do alto. Devemos esforçar-nos em nossos cânticos de louvor, por aproximar-nos o mais possível da harmonia dos coros celestiais. Tenho ficado muitas vezes incomodada ao ouvir vozes não afinadas, buscando os tons mais elevados, literalmente guinchando as palavras sagradas de algum hino de louvor. Quão impróprias essas vozes agudas, estridentes, para o solene e jubiloso culto de Deus! Desejo tapar os ouvidos, ou fugir do lugar, e regozijo-me ao findar o penoso exercício. MI 32 2 Os que fazem do canto uma parte do culto divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres e todavia solenes. A voz pode e deve ser modulada, suavizada e dominada. -- Evangelismo, 507, 508. Linguagem confusa ou dissonância MI 32 3 Vi que todos devem cantar com o espírito e também com entendimento. 1 Coríntios 14:15. Deus não Se agrada de barulho e desarmonia. O certo Lhe é sempre mais aprazível que o errado. E quanto mais perto puder chegar o povo de Deus do canto correto, harmonioso, tanto mais será Ele glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos impressionados favoravelmente. -- Testemunhos para a Igreja 1:146. Exibição MI 33 1 Não se deve contratar músicos mundanos, se é possível evitar. Que sejam reunidos cantores que cantem com o espírito e com o entendimento também. A exibição extraordinária, muitas vezes feita, pode acarretar desnecessária despesa, que os irmãos não devem ser solicitados a pagar; além de descobrir, depois de pouco tempo, que os descrentes não vão querer dar dinheiro para cobrir essas despesas. -- Evangelismo, 509. ------------------------Capítulo 5 -- Música mal utilizada MI 35 1 "O Senhor revelou-me que haveria de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se poderá confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado de operação do Espírito Santo. O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos." -- Mensagens Escolhidas 2:36. A descrição de pessoas que estiveram presentes Falso reavivamento MI 36 1 Há um grande poder no movimento [Carne Santa]* que está sendo promovido ali. Quase todos são por ele influenciados, se não usam de cautela e se sentam e ouvem com toda a atenção, por causa da música que é executada na cerimônia. Eles possuem um órgão, um contrabaixo, três violinos, duas flautas, três tamborins, três trompas e um grande tambor, e talvez, outros instrumentos que eu não tenha mencionado. São tão treinados em sua linha musical como qualquer coro do Exército de Salvação. De fato, seu esforço de reavivamento é simplesmente uma cópia fiel do método utilizado pelo Exército de Salvação, e quando chegam a uma nota alta, fica impossível ouvir qualquer palavra da congregação em seu canto, nem ouvir outra coisa, a não ser grunhidos parecidos com os que são emitidos por deficientes mentais. MI 37 1 Após um apelo convidando a ir à frente para orações, alguns líderes sempre vão à dianteira para influenciar outros a irem; e então começam a tocar os instrumentos musicais até que não se consegue nem ouvir os próprios pensamentos, e sob o excitamento desses ruídos, eles levam grande parte da congregação para frente em todas as ocasiões. -- Relatório de S. N. Haskell a Ellen G. White, 25 de Setembro de 1900. Músicas dançantes com letra sagrada MI 37 2 Eles têm um grande bumbo, dois tamborins, um contrabaixo, dois pequenos violinos, uma flauta e duas cornetas. Seu livro de músicas é "Garden of Spices" e tocam músicas dançantes com letra sagrada. Nunca usam nosso próprio hinário, exceto quando os irmãos Breed ou Haskell pregam, então eles iniciam e terminam com um hino do nosso hinário, mas todos os outros hinos são do outro livro. Eles gritam "Amém", "Louvado seja o Senhor" e "Glória a Deus", como acontece nos cultos do Exército de Salvação. Isso causa aflição. As doutrinas pregadas correspondem ao resto. O pobre rebanho está verdadeiramente confuso. -- Relatório de S. N. Haskell a Sara McEnterfer, 12 de Setembro de 1900. Agitação e histeria MI 38 1 Eu assisti à reunião campal em Setembro de 1900, que se realizou em Muncie, onde presenciei em primeira mão o excitamento fanático e as atividades daquelas pessoas. Havia numerosos grupos de indivíduos, espalhados pelo acampamento, ocupados em discutir, e, então, quando os fanáticos conduziram as reuniões em um grande pavilhão, envolveram-se em um alto grau de excitamento pelo uso de instrumentos musicais, tais como: trompetes, flautas, instrumentos de corda, tamborins, um órgão e um grande tambor. Eles gritavam e cantavam suas canções até que se tornavam realmente histéricos. Muitas vezes, após essas reuniões matinais, ao se dirigirem para o refeitório, eu os via tremendo completamente como se estivessem com convulsões. -- Relatório de Burton Wade a A. L. White, 12 de Janeiro de 1962. Os comentários de Ellen G. White Voltará a acontecer em nome do Espírito Santo MI 38 2 O que você descreveu como tendo acontecido em Indiana, o Senhor revelou-me que haveria de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se poderá confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado de operação do Espírito Santo. MI 39 1 O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. Teria sido melhor não misturar a adoração ao Senhor com música do que usar instrumentos musicais para fazer a obra que seria introduzida em nossas reuniões campais, como me foi apresentada em Janeiro último. A verdade para este tempo não necessita disso para conseguir a conversão de pessoas. Uma balbúrdia de barulho fere os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças dos agentes satânicos misturam-se com alarido e barulho, para provocar um carnaval, e isso é chamado de ação do Espírito Santo. ... MI 39 2 Nenhum apoio deve ser dado a tal espécie de adoração. O mesmo tipo de influência se introduziu depois da passagem do tempo em 1844. Fizeram-se as mesmas espécies de representações. Os homens ficaram exaltados, e eram trabalhados por um poder que pensavam ser o poder de Deus. -- Mensagens Escolhidas 2:36, 37. Música usada por satanás MI 40 1 O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e variedade de sons como me foram apresentados em Janeiro último. Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual devidamente dirigida seria um louvor e glória a Deus. Ele torna seu efeito qual a venenosa picada da serpente. MI 40 2 Esses acontecimentos do passado hão de ocorrer novamente no futuro. Satanás fará da música uma armadilha pela maneira como é dirigida. Deus convida Seu povo, que tem a luz diante de si na Palavra e nos Testemunhos, a ler, considerar e colocar em prática. Instruções claras e definidas têm sido dadas a fim de todos entenderem. Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes dera. -- Mensagens Escolhidas 2:37, 38. MI 40 3 Esses [em Indiana] foram arrastados por um engano espírita. -- Evangelismo, 595. As pessoas pulavam, dançavam e gritavam MI 41 1 Fui instruída pelo Senhor de que esse movimento de Indiana é do mesmo caráter que os movimentos que apareceram no passado. Tem havido em nossas reuniões religiosas exercícios semelhantes aos que testemunhei nos movimentos anteriores. ... MI 41 2 Havia excitação, com ruído e confusão. Não se podia distinguir uma coisa da outra. Alguns pareciam estar em visão, e caíam por terra. Outros pulavam, dançavam e gritavam. ... MI 41 3 A maneira de dirigir as reuniões em Indiana, com barulho e confusão, não as recomendam a pessoas cuidadosas e inteligentes. Nada existe nessas demonstrações que convença o mundo de que possuímos a verdade. Mero ruído e gritos não são sinal de santificação ou da unção do Espírito Santo. As desenfreadas demonstrações só criam desagrado no espírito dos incrédulos. Quanto menos houver de tais demonstrações, tanto melhor para os atores e para o povo em geral. ... MI 41 4 Muitos movimentos dessa espécie surgirão neste tempo, quando a obra do Senhor deve ser mantida elevada, pura, sem superstições e fábulas. Precisamos estar atentos, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás. MI 41 5 O Senhor deseja manter em Seu serviço ordem e disciplina, não agitação e confusão. Não somos agora capazes de descrever detalhadamente as cenas a serem representadas em nosso mundo no futuro; isto, porém, sabemos: que estamos no tempo em que precisamos vigiar em oração; pois o grande dia do Senhor está às portas. Satanás está arregimentando suas forças. Necessitamos estar atentos e ser calmos para contemplar as verdades da revelação. A agitação não é favorável ao crescimento na graça, à genuína pureza e santificação do espírito. ... MI 42 1 Deus convida Seu povo a andar com sobriedade e santa coerência. Todos devem ser muito cuidadosos para não representar mal e nem desonrar as santas doutrinas da verdade mediante estranhas exibições, por confusão e tumulto. Por essas coisas os incrédulos são levados a pensar que os adventistas do sétimo dia são um bando de fanáticos. Cria-se assim preconceito que impede pessoas de receber a mensagem para este tempo. Quando os crentes falam a verdade tal como é em Jesus, revelam uma tranqüilidade santa e sensata, não uma tempestade de confusão. -- Mensagens Escolhidas 2:33-36. ------------------------Capítulo 6 -- As músicas perigosas MI 45 1 "A música, quando bem utilizada, é uma grande bênção, mas quando mal-usada, uma terrível maldição." -- Testemunhos para a Igreja 1:497. Valsas e músicas que elogiam o homem MI 46 1 A arte da melodia sagrada era diligentemente cultivada. [Nas escolas dos profetas.] Não se ouviam valsas frívolas ou canções petulantes que elogiassem o ser humano e desviassem de Deus a atenção; ouviam-se, porém, sagrados e solenes salmos de louvor ao Criador, que engrandeciam Seu nome e relatavam Suas obras maravilhosas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 97. Dominadas por satanás MI 46 2 Tem havido em _____ uma espécie de reuniões sociais inteiramente diversas em seu caráter, reuniões de diversão, que têm sido uma vergonha para as nossas instituições e a Igreja. Essas reuniões estimulam ao orgulho do vestuário, orgulho da aparência, à satisfação do próprio eu, ao riso e à frivolidade. Satanás é recebido como hóspede de honra e toma posse dos que promovem essas reuniões. MI 46 3 A visão de um desses grupos me foi apresentada -- grupo em que se achavam reunidas pessoas que professavam crer na verdade. Uma dessas pessoas achava-se junto a um instrumento de música e cantava canções tais que faziam chorar os anjos da guarda. Havia ruidosa alegria, riso vulgar, abundância de entusiasmo e algo parecido com inspiração; mas a alegria era daquela espécie que unicamente Satanás é capaz de produzir. É um entusiasmo e uma enfatuação capaz de envergonhar os que amam a Deus. E prepara os participantes para pensamentos e ações profanos. Tenho motivos para pensar que alguns dos que tomaram parte naquela cena se arrependeram sinceramente do vergonhoso ato. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 339. Mal utilizadas MI 47 1 Sinto-me alarmada ao testemunhar por toda a parte a frivolidade de jovens, rapazes e moças, que professam crer na verdade. Parece que Deus não está em suas cogitações. Têm a mente cheia de tolices. Sua conversa não passa de um falar vazio, frívolo. Têm ouvido aguçado para a música, e Satanás sabe que órgãos estimular para animar, cativar e encantar a mente, de modo que Cristo não seja desejado. Falta o anseio espiritual do coração, em busca de conhecimento divino e de crescimento na graça. MI 47 2 Foi-me mostrado que a juventude precisa pôr-se em uma plataforma mais elevada e fazer da Palavra de Deus sua guia e conselheira. Responsabilidades solenes repousam sobre os jovens, às quais eles mal atentam. A introdução da música em seus lares, em lugar de estimular à santidade e espiritualidade, tem sido um meio de afastar a mente deles da verdade. Canções frívolas e partituras de músicas populares de sucesso parecem estar de acordo com seu gosto. Instrumentos musicais têm tomado o tempo que deveria ser empregado em oração. MI 48 1 A música, quando bem utilizada, é uma grande bênção, mas quando mal-usada, uma terrível maldição. Ela agita, mas não comunica aquela força e coragem que o cristão pode encontrar unicamente no trono da graça, enquanto humildemente torna conhecidas suas necessidades e com fortes clamores e lágrimas roga por forças do Céu para ser robustecido contra as poderosas tentações do maligno. Satanás lidera os jovens cativos. Oh, que posso eu dizer para levá-los a romper com esse poder fascinante! Satanás é um habilidoso sedutor, atraindo-os à perdição. -- Testemunhos para a Igreja 1:496, 497. Ajudam satanás a ganhar terreno MI 48 2 As coisas eternas têm pouco peso para a juventude. Os anjos de Deus estão em lágrimas enquanto escrevem no livro as palavras e atos dos professos cristãos. Voam anjos em torno de uma habitação além. Jovens estão ali reunidos, ouvem-se sons de música vocal e instrumental. Cristãos acham-se reunidos nessa casa; mas que é que vocês ouvem? Uma canção, uma frívola cantiga, própria para o salão de baile. Vejam, os puros anjos recolhem para si a luz, e os que se acham naquela habitação são envolvidos pelas trevas. Os anjos afastam-se da cena. Têm a tristeza no semblante. Vejam como choram! Isso vi eu repetidamente entre os observadores do sábado, e especialmente em _____. MI 49 1 A música tem ocupado as horas que deveriam ser dedicadas à oração. A música é o ídolo adorado por muitos professos cristãos observadores do sábado. Satanás não faz objeções à música, uma vez que através dela possa ter acesso à mente dos jovens. MI 49 2 Tudo que pode desviar de Deus a mente, e ocupar o tempo que deve ser dedicado a Seu serviço, serve aos propósitos do inimigo. Ele atua através dos meios que mais forte influência exercem para manter o maior número possível numa aprazível obsessão, enquanto se acham paralisados por seu poder. Quando empregada para fins bons, a música é uma bênção; mas é muitas vezes usada como um dos mais atrativos instrumentos de Satanás para enredar pessoas. Quando mal-empregada, leva os não consagrados ao orgulho, à vaidade e à insensatez. Quando se lhe permite tomar o lugar da devoção e da prece, é uma terrível maldição. Jovens reúnem-se para cantar e, se bem que cristãos professos, desonram freqüentemente a Deus e sua fé com conversas frívolas e com a escolha que fazem da música. A música sacra não está em harmonia com seu gosto. Minha atenção foi dirigida aos positivos ensinos da Palavra de Deus, que haviam sido passados por alto. No juízo, todas essas palavras da Inspiração hão de condenar os que lhes não deram ouvidos. -- Testemunhos para a Igreja 1:505, 506. Têm um baixo nível MI 50 1 Entre os mais perigosos lugares de diversões, acha-se o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e propensões pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes licenciosos depravam a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há em nosso país influência mais poderosa para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto pelos prazeres tranqüilos e as realidades sóbrias da vida, do que as diversões teatrais. O amor a essas cenas aumenta a cada condescendência, assim como o desejo das bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. -- Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 334 e 335. Levam à transgressão da lei de Deus MI 51 1 Balaão sabia que a prosperidade de Israel dependia de sua observância da lei de Deus, e que não havia meio de amaldiçoá-los senão induzindo-os ao pecado. Resolveu conseguir o favor de Balaque, aconselhando aos moabitas o caminho a seguir a fim de acarretar maldição sobre Israel. Patriarcas e Profetas, 451. Aconselhou Balaque a proclamar uma festa idólatra em honra a seus deuses, enquanto persuadia os israelitas a assistirem-na de modo que se deleitassem com a música, e então, as mais belas mulheres midianitas seduziriam os israelitas levando-os a transgredir a lei de Deus e a se corromperem e também os influenciariam a sacrificar aos ídolos. Esse conselho satânico foi muito bem-sucedido. -- Spiritual Gifts 4:49. MI 51 2 Iludidos pela música e dança, e seduzidos pela beleza das vestais gentílicas, romperam sua fidelidade para com Jeová. -- Patriarcas e Profetas, 454. Promovem entretenimento nas atividades espirituais MI 52 1 Tem-me sido revelado que nem todas as famílias que possuem o conhecimento da verdade têm colocado seus princípios em prática. Cada talento de influência deve ser sagradamente cultivado para o propósito de ganhar pessoas para Cristo. Rapazes e moças, não considerem que seus entretenimentos, tais como os que estão sendo conduzidos em _____, estão realizando uma obra missionária MI 52 2 aceitável. Tem-se apossado deles um espírito de ordem diferente. Tivemos que enfrentar o mesmo espírito trinta anos atrás e sustentamos decidido testemunho contra ele em Battle Creek. MI 52 3 Deve-se encorajar uma decidida característica religiosa em todas as nossas reuniões. Luz muito clara tem-me sido dada por muitas vezes. Há trinta anos, quando alguns se reuniam para ensaiar músicas à noite, permitiu-se um espírito de galanteio e grande dano foi feito a muitos, alguns dos quais nunca se recuperaram. -- Manuscrito 57, 1906. Promovem amor aos prazeres mundanos MI 52 4 Não é seguro para os obreiros do Senhor tomarem parte em divertimentos mundanos. A associação com as coisas do mundo em relação à música é considerada inofensiva por alguns observadores do sábado. Tais pessoas estão, porém, em terreno perigoso. É assim que Satanás procura desviar homens e mulheres, e dessa maneira tem ganho o controle de vidas. Tão suave, tão plausível é o trabalho do inimigo que não se suspeita dos seus ardis, e muitos membros de igreja tornam-se mais amigos dos prazeres que amigos de Deus. -- Mensagens Escolhidas 3:332. ------------------------Capítulo 7 -- A música secular MI 55 1 "... Música bem apresentada e bem selecionada. ... era suave e realmente gratificante aos sentidos porque era harmoniosa." -- Carta 6b, 1893, p. 3. Suave e harmoniosa MI 56 1 Por cerca de uma hora a neblina não se dissipava e o Sol não conseguia penetrá-la. Os músicos [no navio], que deviam desembarcar naquele local, entretinham os impacientes passageiros com música bem apresentada e bem selecionada. Ela não feria os sentidos como na noite anterior, mas era suave e realmente gratificante aos sentidos porque era harmoniosa. -- Carta 6b, 1893, p. 2, 3. (Escrita ao desembarcar na Nova Zelândia, em Fevereiro de 1893). Instrumental MI 56 2 Na mesma noite houve linda apresentação musical e fogos de artifício próximos ao outro lado da rua. Há um grande quiosque ao ar livre que pertence e é mantido pela cidade. O pátio ao redor é muito atraente, com flores, arbustos e árvores nobres, que proporcionam uma sombra agradável. Há assentos que acomodam centenas de pessoas e pequenas mesas ovais diante desses bancos; e a mais bela música instrumental é tocada pela orquestra. -- Manuscrito 33, 1886. Vozes esplêndidas MI 57 1 Estamos ouvindo um concerto indescritível. Nove estão cantando, em holandês, alemão ou francês, não sei dizer em que língua. As vozes são simplesmente esplêndidas, muito agradáveis. Acho que é a companhia de uma escola dominical em excursão. -- Carta 8, 1876. ------------------------Capítulo 8 -- Os músicos MI 59 1 "A música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado, enternecido e santificado por sua docilidade." -- Evangelismo, 512. O desejo de exibição MI 60 1 O entretenimento da música, que convenientemente conduzido não é prejudicial, torna-se muitas vezes fonte do mal. No presente estado da sociedade, com padrões morais tão baixos, não apenas dos jovens, mas dos que possuem mais idade e experiência, há um grande perigo de se tornar descuidado e dar atenção especial a favoritos criando assim inveja, ciúmes e suspeitas más. O talento musical não raro incentiva o orgulho e o desejo de exibição, e os cantores não dedicam senão pouca atenção para o culto a Deus. A música, em vez de levá-los a lembrar-se de Deus, leva-os com freqüência a esquecê-Lo. -- A Fé Pela Qual eu Vivo [MM 1959], 242; Carta 6a, 1890. Sentimentos impróprios MI 60 2 Tive acesso a alguns de seus ensaios, e fui levada a ler os sentimentos que existiam no grupo, do qual você era líder. Havia mesquinhos ciúmes e invejas, ruins suspeitas e maledicências. ... O culto de coração é o que Deus requer; o formalismo e o culto de lábios são como o metal que soa e o címbalo que tine. Seu cântico tem como objetivo a exibição, não louvar a Deus com o espírito e o entendimento. O estado do coração revela a qualidade da religião do que professa piedade. -- Evangelismo, 507. Sinceridade de coração MI 61 1 Exibição não é religião nem santificação. Coisa alguma há mais ofensiva aos olhos de Deus do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, e não estão fazendo em seu coração melodia para o Senhor. A oferta mais agradável aos olhos de Deus é um coração humilhado pela abnegação, pelo tomar a cruz e seguir a Jesus. MI 61 2 Não temos tempo para gastar agora em busca de coisas que agradam unicamente aos sentidos. É preciso um profundo esquadrinhar do coração. Necessitamos, com lágrimas e confissão partida de um coração quebrantado, aproximar-nos mais de Deus; e Ele Se aproximará de nós. -- Evangelismo, 510. Mais consagração e menos ostentação MI 61 3 Aparelhamento faustoso, ótimo canto e música instrumental na igreja não convidam o coro angélico a cantar também. À vista de Deus, essas coisas são como os galhos da figueira infrutífera, que só mostrava folhas pretensiosas. Cristo espera fruto, princípios de bondade, simpatia e amor. Esses são os princípios do Céu, e quando se revelam na vida de seres humanos podemos saber que Cristo, a esperança da glória, está formado em nós. Pode uma congregação ser a mais pobre da Terra, sem música nem ostentação exterior, mas se ela possuir esses princípios, os membros poderão cantar, pois a alegria de Cristo está em sua alma, e esse canto podem eles dedicar como oferenda a Deus. -- Evangelismo, 511, 512. Música para o Senhor MI 62 1 A música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado, enternecido e santificado por sua docilidade. Muitos, porém, que se deleitam na música não sabem coisa alguma sobre produzir melodia ao Senhor, em seu coração. Esses foram "após seus ídolos". Ezequiel 6:9. -- Evangelismo, 512. ------------------------Capítulo 9 -- Um testemunho especial MI 65 1 "A movimentação física no cantar é de pouco proveito. Tudo que de algum modo está ligado ao culto religioso deve ser elevado, solene e impressivo." -- Mensagens Escolhidas 3:333. Mensagem de aconselhamento a um regente de coral MI 66 1 Foi-me mostrado o caso do irmão U, que ele seria um peso à igreja, a não ser que entrasse numa relação mais íntima com Deus. Ele é convencido. Sente-se ofendido se alguém questiona as suas ações. Se achar que um outro foi escolhido antes dele, sente-se injustiçado. ... MI 66 2 O irmão U tem bom conhecimento de música, mas a sua educação musical é de tal índole que se adapta mais ao palco de um teatro do que à solene adoração a Deus. Numa reunião religiosa, o ato de cantar é tanto uma adoração a Deus como o ato de pregar, e qualquer excentricidade ou traço de caráter esquisito chama a atenção das pessoas e destrói a séria e solene impressão que deve ser o resultado da música sacra. Qualquer coisa estranha e excêntrica no canto diminui a seriedade e o caráter sagrado do culto. Música elevada, solene e impressiva MI 66 3 A movimentação física no cantar é de pouco proveito. Tudo que de algum modo está ligado ao culto religioso deve ser elevado, solene e impressivo. Deus não Se agrada quando pastores que professam ser representantes de Cristo, O representam mal quando movimentam o corpo em certas atitudes, fazendo gestos indignos e rudes. Tudo isso diverte, e estimula a curiosidade daqueles que desejam ver coisas estranhas, grotescas e curiosas, mas essas coisas não elevam a mente e o coração daqueles que as presenciam. MI 67 1 Pode-se dizer a mesma coisa sobre o canto. Você assume atitudes indignas. Usa todo o poder e volume de voz que lhe é possível. Abafa a melodia e as notas mais musicais de outros cantores. Essa movimentação física e a voz áspera e estridente não destacam a melodia para aqueles que a ouvem na Terra e também no Céu. Essa maneira de cantar é defeituosa, e não é aceitável a Deus como acordes musicais perfeitos, suaves e melodiosos. Entre os anjos não há tais exibições musicais como as que tenho visto algumas vezes em nossas reuniões. Notas ásperas e gesticulações exageradas não são exibidas entre os componentes do coro angelical. O cântico deles não irrita os ouvidos. É suave e melodioso, e ocorre sem esse grande esforço que tenho testemunhado. Não é algo forçado, que requer muito esforço físico. Sentimentos não tocados, corações não subjugados MI 68 1 O irmão U não está ciente de quantas pessoas ele tem desviado de assuntos sérios, e outras tantas a quem tem desgostado. Ao ver seus movimentos rudes no cantar, alguns não conseguem reprimir pensamentos não santificados e sentimentos de leviandade. O irmão U gosta de exibir-se. Seu canto não exerce uma influência que enternece o coração e comove os sentimentos. Muitos têm assistido às reuniões e ouvido as palavras da verdade proferidas do púlpito, as quais têm convencido e elevado seu espírito; muitas vezes, porém, a maneira pela qual o canto é conduzido não aprofunda a impressão causada. As exibições e contorções, e a desagradável aparência do esforço exagerado, têm estado tão fora de lugar na casa de Deus e sido tão cômicas que as impressões sérias causadas sobre as mentes são apagadas. O canto conduzido dessa maneira é desestimuladora para aqueles que estão crendo na verdade. Tudo "de acordo com a sua vontade" MI 68 2 O caso do irmão U é difícil de ser resolvido. Ele é como uma criança indisciplinada e mal-educada. Quando se questiona a sua maneira de agir, em vez de aceitar a admoestação como uma bênção, ele permite que os seus sentimentos tomem conta da razão, e fica desanimado e não quer fazer nada. Se não puder fazer tudo como deseja, segundo sua própria vontade, ele não quer participar em coisa alguma. Não tem-se esforçado diligentemente para reformar suas maneiras, mas entrega-se a sentimentos obstinados que dele separam os anjos bons e convidam os anjos maus para estarem ao seu redor. A verdade de Deus recebida no coração exerce sua influência refinadora e santificadora na vida. MI 69 1 O irmão U pensa que cantar é a coisa mais importante neste mundo e que ele tem uma maneira completamente especial de cantar. MI 69 2 O seu canto está longe de agradar ao coro celestial. Imagine-se no meio do grupo angelical, elevando os ombros, enfatizando as palavras, movimentando o corpo e empregando todo o volume de sua voz. Que espécie de concerto e harmonia haveria com uma tal exibição diante dos anjos? O poder da música MI 69 3 A música é de origem celestial. Há grande poder na música. Foi a música dos anjos que fez vibrar o coração dos pastores nas planícies de Belém e envolveu o mundo todo. É através da música que os nossos louvores se erguem Àquele que é a personificação da pureza e harmonia. É com música e cânticos de vitória que os remidos finalmente tomarão posse da recompensa eterna. MI 70 1 Há algo especialmente sagrado na voz humana. Sua harmonia e seu sentimento subjugado e inspirado pelo Céu supera qualquer instrumento musical. A música vocal é um dos dons de Deus aos homens, um instrumento que não pode ser sobrepujado ou igualado quando o amor de Deus inunda o coração. Cantar com o espírito e com o entendimento também é um grande auxílio aos cultos na casa de Deus. MI 70 2 Como esse dom tem sido aviltado! Se fosse santificado e refinado, poderia realizar grande bem, derrubando as barreiras do preconceito e da descrença empedernida e sendo um meio de converter almas. Não é suficiente ter noções elementares do canto, mas com o entendimento, com o conhecimento, deve-se ter tal ligação com o Céu que os anjos possam cantar por nosso intermédio. Abafando os sons melodiosos e aveludados MI 70 3 Sua voz na igreja tem sido ouvida tão alto, tão áspera, e acompanhada ou destacada com gesticulações não muito graciosas, que os sons mais melodiosos e aveludados, à semelhança da música angelical, não podem ser ouvidos. Você tem cantado mais para os homens do que para Deus. Quando a sua voz, em sons fortes, se ergue acima de toda a congregação, você pensa na admiração que está causando. Na realidade, tem tão alto conceito de seu próprio canto que julga que deveria ser remunerado pelo desempenho desse dom. MI 71 1 O amor ao louvor tem sido o principal incentivo de sua vida. Essa é uma pobre motivação para um cristão. Você gosta de ser amimado e bajulado como uma criança. Precisa lutar muito contra sua própria natureza. É difícil para você vencer suas tendências naturais e levar uma vida santa e abnegada. -- Mensagens Escolhidas 3:332-335. ------------------------Apêndice 1 -- Filosofia Adventista do Sétimo Dia com relação à música MI 73 1 Cremos que o evangelho exerce impacto em todas as áreas da vida. Por conseguinte, sustentamos que, por causa do vasto potencial da música para o bem ou para o mal, não podemos ser indiferentes a ela. Embora reconhecendo que o gosto, na questão da música, varia grandemente de indivíduo para indivíduo, cremos que a Bíblia e os escritos de Ellen G. White sugerem princípios que podem direcionar nossas escolhas. MI 74 1 Deus compôs a música exatamente na estrutura de Sua criação. Lemos que, quando Ele criou todas as coisas, "as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus". Jó 38:7. O livro do Apocalipse retrata o Céu como um lugar de louvor incessante, com hinos de adoração a Deus e ao Cordeiro ressoando de todas as partes. Apocalipse 4:9-11; 5:9-13; 7:10-12; 12:10-12; 14:1-3; 15:2-4; 19:1-8. MI 74 2 Visto que Deus criou os seres humanos à Sua imagem, partilhamos do amor e apreciação pela música com todos os Seus seres criados. Na verdade, a música pode nos atingir e tocar com um poder que vai além das palavras ou qualquer outro tipo de comunicação. Na sua forma mais pura e refinada, a música eleva nosso ser à presença de Deus, onde anjos e seres não caídos O adoram com cânticos. MI 74 3 O pecado, porém, lançou sua praga sobre a Criação. A imagem divina foi desfigurada e quase apagada. Em todos os aspectos, este mundo e as dádivas de Deus vêm a nós com uma mistura de bem e mal. A música não é moral nem espiritualmente neutra. Pode nos levar a alcançar a mais exaltada experiência humana, pode ser usada pelo príncipe do mal para degenerar e degradar, para suscitar a luxúria, paixão, desesperança, ira e ódio. MI 75 1 A mensageira do Senhor, Ellen G. White, nos aconselha continuamente a elevar nosso conceito a respeito da música. Ela nos diz: "A música, quando bem utilizada, é uma grande bênção; mas quando mal-usada, uma terrível maldição." -- Testemunhos para a Igreja 1:497. "Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a alma." -- Educação, 167. MI 75 2 Quanto ao poder da música, ela escreve: "É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, ao coração oprimido duramente e pronto a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de Deus -- as de um estribilho, há muito esquecido, de um hino da infância -- e as tentações perdem o seu poder, a vida assume nova significação e novo propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas! ... MI 75 3 "Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração. Efetivamente, muitos hinos são orações. ... MI 75 4 "Ao guiar-nos nosso Redentor ao limiar do Infinito, resplandecente com a glória de Deus, podemos aprender o assunto dos louvores e ações de graças do coro celestial em redor do trono; e despertando-se o eco do cântico dos anjos em nossos lares terrestres, os corações serão levados para mais perto dos cantores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota tônica de seu louvor." -- Educação, 168. MI 76 1 Como adventistas do sétimo dia, cremos e pregamos que Jesus virá novamente, em breve. Em nossa proclamação mundial da tríplice mensagem angélica, de Apocalipse 14:6-12, conclamamos a todas as pessoas a aceitarem o evangelho eterno para louvar a Deus o Criador, e a se prepararem para encontrar o Senhor. Desafiamos a todos que escolhem o bem e não o mal a renunciar "a impiedade e as paixões mundanas, [vivermos,] no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus". Tito 2:12, 13. MI 76 2 Cremos que o evangelho exerce impacto em todas as áreas da vida. Por conseguinte, sustentamos que, por causa do vasto potencial da música para o bem ou para o mal, não podemos ser indiferentes a ela. Embora reconhecendo que o gosto, na questão da música, varia grandemente de indivíduo para indivíduo, cremos que a Bíblia e os escritos de Ellen G. White sugerem princípios que podem direcionar nossas escolhas. MI 77 1 A expressão "música sacra" é usada neste documento para se referir, normalmente, à música religiosa. Designa a música que se centraliza em Deus, em temas bíblicos e cristãos. MI 77 2 Na maioria dos casos, é música composta para ser utilizada nos cultos, nas reuniões de evangelismo ou na devoção pessoal, e pode ser música vocal e instrumental. No entanto, nem toda música considerada sacra ou religiosa, pode ser aceitável para um adventista do sétimo dia. A música sacra não deve evocar associações seculares ou sugerir a conformação com normas de pensamento ou comportamento da sociedade em geral. MI 77 3 "Música secular" é uma música composta para ambientes alheios ao serviço de culto ou de devoção pessoal e apela aos assuntos comuns da vida e das emoções básicas do ser humano. Tem sua origem no homem e é uma reação do espírito humano para a vida, para o amor e para o mundo em que Deus nos colocou. Pode elevar ou degradar moralmente o ser humano. Embora não esteja destinada a louvar a Deus, pode ter um lugar autêntico na vida do cristão. Em sua escolha devem ser seguidos os princípios apresentados neste documento. Princípios que orientam o cristão MI 78 1 A música com a qual o cristão se deleita deve ser regida pelos seguintes princípios: MI 78 2 1. Toda música que se ouve, toca ou compõe, quer seja sacra ou secular, deve glorificar a Deus. "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus". 1 Coríntios 10:31. Este é o princípio bíblico fundamental. Tudo o que não atende a esse elevado padrão, enfraquecerá nossa experiência com Ele. MI 78 3 2. Toda música que o cristão ouve, toca ou compõe, quer seja sacra ou secular, deve ser a mais nobre e melhor. "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento". Filipenses 4:8. Como seguidores de Jesus Cristo, que aguardam e esperam unir-se ao coro celestial, vemos a vida na Terra como um preparo para a vida no Céu e uma antecipação dela. MI 78 4 Desses dois fundamentos -- glorificar a Deus em todas as coisas e escolher o mais nobre e o melhor -- dependem os demais princípios relacionados abaixo, para a escolha musical. MI 79 1 3. A música se caracteriza pela qualidade, equilíbrio, adequação e autenticidade. A música favorece nossa sensibilidade espiritual, psicológica e social, como também nosso crescimento intelectual. MI 79 2 4. A música apela tanto ao intelecto como às emoções, afetando o corpo de forma positiva. MI 79 3 5. A música revela criatividade e obtém melodia de qualidade. Se harmonizada, deve ser usada de uma forma interessante e artística, com um ritmo que a complemente. MI 79 4 6. A música vocal emprega versos que estimulam positivamente a capacidade intelectual como também nossas emoções e nosso poder da vontade. Os bons versos são criativos, ricos no conteúdo e bem compostos. Focalizam no positivo e refletem os valores morais; instruem e enaltecem; e estão em harmonia com a sólida teologia bíblica. MI 79 5 7. Os elementos musicais e literários operam juntos e em harmonia para influenciar o pensamento e o comportamento em concordância com os valores bíblicos. MI 80 1 8. A música mantém judicioso equilíbrio dos elementos espiritual, intelectual e emocional. MI 80 2 9. Devemos reconhecer e aceitar a contribuição de culturas diferentes na adoração a Deus. As formas e instrumentos musicais variam grandemente na família mundial adventista do sétimo dia, e a música proveniente de uma cultura pode soar e parecer estranha a outra cultura. MI 80 3 Fazer música adventista do sétimo dia requer a escolha do melhor. Nessa tarefa, acima de tudo, nos aproximamos de nosso Criador e Senhor e O glorificamos. Cumpre-nos aceitar o desafio de ter uma visão musical diferenciada e viável, como parte de nossa mensagem profética, dando assim uma contribuição musical adventista importante e mostrando ao mundo um povo que aguarda a breve volta de Cristo. ------------------------Apêndice 2 -- Orientações com relação à música MI 83 1 Aqueles que produzem, selecionam ou executam a música usada na igreja, necessitam de muita comunhão, sabedoria, orientação e apoio. Precisam ter a visão da grandeza do ministério que têm em suas mãos, bem como o máximo cuidado ao fazerem suas escolhas. Para a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul MI 84 1 A Igreja Adventista do Sétimo Dia surgiu em cumprimento à profecia. Foi escolhida como um instrumento divino para proclamar, a todo o mundo, as boas novas de salvação, pela fé no sacrifício de Cristo, e em obediência aos Seus mandamentos, com o objetivo de preparar um povo para o retorno de Jesus. MI 84 2 A vida daqueles que aceitam essa responsabilidade deve ser tão consagrada como sua própria mensagem. Esse princípio se aplica, de maneira especial, àqueles que, através da música, têm a missão de conduzir a igreja de Deus na adoração, no louvor e na evangelização, uma vez que "a música só é aceitável a Deus quando o coração é consagrado, e enternecido e santificado por sua docilidade". Evangelismo, 512. É preciso primeiro receber para depois oferecer. É preciso ter um compromisso pessoal com a mensagem, para depois poder transmiti-la. É preciso ter um encontro pessoal com Deus, para então, reconhecer Sua santidade, desenvolvendo assim uma adequada sensibilidade musical. MI 84 3 Diante dessa realidade, aqueles que produzem, selecionam ou executam a música usada na igreja, necessitam de muita comunhão, sabedoria, orientação e apoio. Precisam ter a visão da grandeza do ministério que têm em suas mãos, bem como o máximo cuidado ao fazerem suas escolhas. "Não é suficiente ter noções elementares do canto, mas com o entendimento, com o conhecimento, deve-se ter tal ligação com o Céu que os anjos possam cantar por nosso intermédio." -- Mensagens Escolhidas 3:335. MI 85 1 A música é um dos maiores dons dados por Deus e, por isso mesmo, ela se constitui em um elemento indispensável no processo de crescimento cristão. A música é um dos grandes dons que Deus concedeu ao homem, e um dos elementos mais importantes num programa espiritual. É uma avenida de comunicação com Deus, e "é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais". -- Educação, 168. MI 85 2 Ela exerce influência sobre assuntos de conseqüências eternas. Pode elevar ou degradar, e ser empregada tanto para o bem como para o mal. "Tem poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para suscitar pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço." -- Educação, 168. MI 86 1 A música é um dos elementos mais importantes em cada atividade da igreja, e por isso deve ser utilizada sempre de maneira edificante. "O canto é um dos meios mais eficazes para gravar a verdade espiritual no coração. Muitas vezes se têm descerrado pelas palavras do canto sagrado, as fontes do arrependimento e da fé." -- Evangelismo, 500. MI 86 2 Buscando o crescimento da área de música, de cada músico envolvido e da igreja como um todo, é que são apresentadas as orientações a seguir. Dessa maneira, tem-se um complemento aos princípios apresentados pela Associação Geral, e devem direcionar a música dentro da Igreja Adventista na América do Sul. Sua aceitação vai proporcionar sábias escolhas, o cumprimento da missão e a conquista de melhores resultados. MI 86 3 Tendo em vista identificar corretamente o papel da música e dos músicos adventistas, toda a atividade musical da igreja deverá ser chamada de Ministério da Música. Assim, os músicos adventistas passarão a ter uma visão clara de seu papel como ministros, e a igreja, uma visão distinta da música, seu objetivo e sua mensagem, como um ministério. 1 -- O músico MI 86 4 1. Deve cultivar uma vida devocional à altura de um cristão autêntico, baseada na prática regular da oração e da leitura da Bíblia. MI 87 1 2. Precisa, por meio de sua música, expressar seu encontro pessoal com Cristo. MI 87 2 3. Trata a música, em conseqüência, como uma oração ou um sermão, preparando-se espiritualmente para cada apresentação. -- Ver Evangelismo, 508. MI 87 3 4. Deve representar corretamente, em sua vida, os princípios da igreja e refletir a mensagem das músicas que apresenta, edita ou compõe. MI 87 4 5. Deve estar em harmonia com as normas da igreja, vivendo os princípios de mordomia cristã e sendo membro ativo de uma igreja local. MI 87 5 6. Precisa aplicar a arte, em todas as suas atividades, como um ministério. Não destacando sua imagem pessoal, mas sim a mensagem a ser transmitida. MI 87 6 7. Cuida de sua aparência pessoal, refletindo o padrão de modéstia e decência apresentado pela Bíblia. MI 87 7 8. Canta com entonação clara, pronúncia correta e perfeita enunciação. -- Ver Obreiros Evangélicos, 357. MI 87 8 9. Evita tudo o que possa tirar a atenção da mensagem da música, como gesticulação excessiva e extravagante e orgulho na apresentação. -- Ver Evangelismo, 501. MI 88 1 10. Evita, em suas apresentações, a amplificação exagerada, tanto vocal como instrumental. MI 88 2 11. Evita o uso de tonalidades estridentes, distorções vocais ou instrumentais, bem como o estilo dos cantores populares. MI 88 3 12. Respeita o ambiente da igreja e as horas do sábado ao vender seus materiais. MI 88 4 13. Deve receber orientação e apoio espiritual da liderança do Ministério da Música, líderes da igreja e do pastor local. 2 -- A música MI 88 5 1. Glorifica a Deus e ajuda os ouvintes a adorá-Lo de maneira aceitável. MI 88 6 2. Deve ser compatível com a mensagem, mantendo o equilíbrio entre ritmo, melodia e harmonia. 1 Crônicas 25:1, 6, 7. MI 88 7 3. Deve harmonizar letra e melodia, sem combinar o sagrado com o profano. MI 88 8 4. Não segue tendências que abram a mente para pensamentos impuros, que levem a comportamentos pecaminosos ou que destruam a apreciação pelo que é santo e puro. "A música profana ou a que é de natureza duvidosa ou questionável nunca dever ser introduzida em nossos cultos." -- Manual da Igreja (revisado em 2000), p. 72. MI 89 1 5. Não se deixa guiar apenas pelo gosto e experiência pessoal. Os hábitos e a cultura não são guias suficientes na escolha da música. "Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural." -- Evangelismo, 510. MI 89 2 6. Não deve ser rebaixada a fim de obter conversões, mas deve elevar o pecador a Deus. Ver Evangelismo, 137. Ellen White diz que "haveria de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. ... Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se poderá confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado de operação do Espírito Santo." MI 89 3 "O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo." -- Mensagens Escolhidas 2:36. MI 90 1 7. Provoca uma reação positiva e saudável naqueles que a ouvem. 3 -- A letra MI 90 2 1. Deve ser de fácil compreensão e estar em harmonia com os ensinamentos da Bíblia. MI 90 3 2. Deve ter valor literário e teológico consistente. Não é leviana, vaga e sentimental, que apele somente às emoções. MI 90 4 3. Não é superada pelos arranjos ou instrumentos de acompanhamento. MI 90 5 4. Mantém o equilíbrio entre hinos dirigidos a Deus e cânticos que contêm petições, apelos, ensinos, testemunhos, admoestações e encorajamento. Colossences 3:16; Efésios 5:19. MI 90 6 5. Deve evitar ser apresentada em outra língua, que não a nativa, para que possa ser compreendida e os ouvintes, edificados. 4 -- O louvor congregacional MI 90 7 1. Deve ser mais valorizado, pois através dele toda a igreja é envolvida. "Nem sempre o canto deve ser feito apenas por alguns. Permita-se o quanto possível que toda a congregação dele participe." Testemunhos para a Igreja 9:144. Os momentos de louvor congregacional: MI 91 1 a. Envolvem a participação de todos no culto. MI 91 2 b. Harmonizam o coração do homem com Deus. MI 91 3 c. Exercem uma influência unificadora do povo de Deus em um só pensamento. MI 91 4 d. Dão oportunidade para expressar as emoções e sentimentos pessoais. MI 91 5 e. Fortalecem o caráter. MI 91 6 f. Têm grande valor educacional. MI 91 7 g. Destacam um bom princípio de mordomia, desenvolvendo um talento dado por Deus. MI 91 8 h. Dirigem o ouvinte a Cristo. MI 91 9 2. Não deve ser utilizado para preencher espaços vagos, ou imprevistos. Deve estar inserido dentro de qualquer culto ou programa, em momento nobre, valorizando sua importância. MI 91 10 3. Não deve ser realizado de maneira fria, automática ou despreparada. Os hinos a serem cantados e a mensagem a ser exposta devem ter ligação entre si, fruto do planejamento e da cuidadosa organização entre os líderes e o Ministério da Música. -- Ver Testemunhos Seletos 1:457. MI 92 1 4. Sempre que possível, o ministro do louvor deve ocupar um lugar à plataforma, como um dos participantes no culto de adoração. MI 92 2 5. Devem ser estimulados grupos musicais que envolvam uma boa quantidade de pessoas. "Raras vezes, porém, deve o cântico ser entoado por uns poucos." -- Conselhos sobre Saúde, 482. MI 92 3 6. Deve haver um cuidado especial para não utilizar músicas que apenas agradem os sentidos, tenham ligação com o carismatismo, ou tenham predominância de ritmo. 5 -- Os instrumentos MI 92 4 1. Os instrumentistas da igreja devem sempre ser estimulados a participar dos cultos de adoração, com instrumental ao vivo. Ellen White recomenda que o canto "seja... acompanhado por instrumentos de música habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso de instrumentos musicais em nossa obra". -- Testemunhos para a Igreja 9:144. MI 92 5 2. Deve haver muito cuidado ao serem usados instrumentos associados com a música popular e folclórica ou que necessitem de exagerada amplificação. Quando mal utilizados, concorrem para o enfraquecimento da mensagem da música. MI 93 1 3. O uso de play-backs deve ser uma alternativa para momentos especiais. Devem ser utilizados de modo equilibrado, sempre em apoio ao canto congregacional. MI 93 2 4. O instrumental deve ocupar seu papel de acompanhamento, dando prioridade à mensagem. "A voz humana que entoa a música de Deus vinda de um coração cheio de reconhecimento e ações de graças, é incomparavelmente mais aprazível a Ele do que a melodia de todos os instrumentos de música já inventados pelas mãos humanas." -- Evangelismo, 506. MI 93 3 5. Deve ser priorizada por orquestras, bandas e outros grupos instrumentais a apresentação de músicas que estejam dentro das recomendações da igreja e que edifiquem seus ouvintes. 6 -- As produções musicais MI 93 4 1. As produções musicais adventistas devem se caracterizar pelo destaque dado à nossa mensagem distintiva. MI 94 1 2. Compositores, arranjadores, produtores e arregimentadores devem priorizar, valorizar e trabalhar com músicos que estejam comprometidos com os princípios musicais da igreja. MI 94 2 3. As produções musicais das instituições adventistas devem ser paradigmas dos valores musicais da igreja. MI 94 3 4. Atenção e cuidado especial devem ser dados às produções vendidas nas lojas de propriedade da igreja, para que reflitam nossos valores musicais. MI 94 4 5. As músicas apresentadas nas rádios e TVs de propriedade da igreja devem refletir, também, nossos valores musicais. Elas possuem influência destacada, formam a cultura musical da igreja e se tornam uma referência musical da igreja para os ouvintes e telespectadores. 7 -- A educação musical MI 94 5 1. Deve ser considerada a possibilidade de apoiar as crianças em seu treinamento musical a fim de preparar futuros músicos que possam servir à igreja. Esse apoio poderá ser dado através de professores de música da própria igreja ou patrocinar aulas de música para algum interessado. MI 94 6 2. A música deve ser valorizada e bem trabalhada nos lares cristãos. A instrução e a formação de um saudável gosto musical devem começar cedo na vida das crianças. Os pais precisam conversar com os filhos, orientá-los e ser um modelo positivo para eles, escolhendo com sabedoria a música que será utilizada em casa. MI 95 1 3. A educação adventista deve estimular os alunos no aprendizado de instrumentos musicais, leitura de partituras e cântico vocal em corais ou grupos. MI 95 2 4. As apresentações musicais em todas as instituições educacionais adventistas do sétimo dia devem estar em harmonia com as diretrizes da igreja. Isso se aplica aos talentos locais como também a artistas e grupos visitantes. O mesmo se aplica para o uso da mídia de entretenimento (filmes e outros) patrocinada oficialmente pela instituição. 8 -- A administração da música na igreja MI 95 3 1. Cada igreja deve ter sua comissão de música devidamente organizada e mantendo reuniões regulares. A administração do Ministério da Música não deve estar nas mãos de apenas uma pessoa. MI 96 4 2. Devem ser realizadas palestras, sermões, seminários ou festivais de louvor envolvendo cantores ou grupos e fortalecendo o envolvimento com a igreja e seus princípios musicais. MI 96 1 3. A liderança da igreja deve encorajar os membros a desenvolverem seus talentos musicais, estabelecendo um coral, quarteto, grupo musical, orquestra ou fortalecendo um talento individual. MI 96 2 4. A igreja deve, dentro do possível, procurar adquirir algum instrumento musical próprio para fortalecer o louvor e a formação musical. MI 96 3 5. A direção do Ministério da Música deve organizar e providenciar música especial e um responsável pelo louvor congregacional para todos os cultos da igreja. MI 96 4 6. A saída ou recebimento de grupos musicais ou cantores deve ser acompanhada de uma recomendação oficial da igreja da qual são membros. Essa atitude valoriza os bons músicos e traz segurança à igreja. MI 96 5 7. A música não deve ser motivo de discussões ou atitudes radicais. A busca pelo padrão divino deve ser guiada pelo amor e oração e não pela imposição. 9 -- A música no evangelismo MI 96 6 1. Sempre que possível, uma apresentação musical deve conter uma mensagem bíblica, um apelo ou o oferecimento de um curso bíblico àqueles que ainda não sejam batizados, buscando levá-los a Jesus. MI 97 1 2. Grupos musicais e cantores devem buscar maneiras de atuar diretamente, e de forma sistemática, nas campanhas missionárias e evangelísticas da igreja, ou desenvolver seus próprios projetos para cumprir a missão. 10 -- A música no culto MI 97 2 1. A música deve ocupar um lugar tão especial quanto a oração e a mensagem da Bíblia, dentro do culto e da adoração a Deus. Ela é um sacrifício de louvor, um meio de promover o crescimento espiritual, de glorificar a Deus e dirigir o ouvinte a Ele. MI 97 3 2. A música especial ou o louvor congregacional deve estar em harmonia com a mensagem bíblica que será apresentada. Isso fortalece o seu impacto. MI 97 4 3. A música para o culto deve ter beleza, emoção e poder. -- Ver Testemunhos Seletos 1:457. MI 97 5 4. A música deve ser escolhida de maneira específica para cada ambiente, programa ou culto da igreja. "Os que fazem do canto uma parte do culto divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres, e todavia solenes." -- Evangelismo, 508. A equipe de áudio e vídeo MI 98 1 1. Deve trabalhar em parceria com o Ministério da Música no planejamento e organização do programa musical da igreja. MI 98 2 2. Mantém os princípios apresentados neste documento, especialmente no que diz respeito ao uso de materiais sonoros e visuais na adoração, louvor e liturgia. MI 98 3 3. Oferece apoio técnico aos cantores, músicos, grupos vocais e instrumentais, antes e durante as apresentações, visando à boa qualidade na adoração e louvor. Músicas seculares MI 98 4 1. Os princípios de escolha musical devem servir tanto para a música "sacra" quanto para a "secular". Em momento algum deixamos de ser filhos e filhas de Deus que buscam glorificá-Lo em todas as coisas. Escolhemos sempre e apenas o melhor. MI 98 5 2. A escolha da música "secular" deve ser caracterizada por um equilíbrio saudável nos elementos do ritmo, melodia e harmonia com uma letra que expresse ideais de alto valor. MI 99 1 3. Em programas especiais, dentro da igreja, tais como: cerimônias de casamento, cultos de ação de graças, seminários e outros, deve haver cuidado especial na escolha das músicas. Conclusões MI 99 2 Vivemos um momento difícil em que cada vez mais as pessoas e as sociedades expressam sentimentos religiosos sem uma clara orientação cristã e bíblica. A música tornou-se uma questão fundamental que requer discernimento e decisão espirituais. Conseqüentemente, devemos fazer estas importantes perguntas enquanto buscamos fazer boas escolhas musicais: MI 99 3 1. A música que estamos ouvindo ou apresentando tem consistência moral e teológica tanto na letra como na melodia? MI 99 4 2. Qual a intenção que está por trás da música? Ela transmite uma mensagem positiva ou negativa? Glorifica a Deus (1 Coríntios 10:31) e oferece o que é mais nobre e melhor? Filipenses 4:8. MI 99 5 3. O propósito da música está sendo transmitido com eficácia? O músico está promovendo uma atmosfera de reverência? A letra e a música dizem a mesma coisa? MI 100 1 4. Estamos buscando a orientação do Espírito Santo na escolha da música religiosa e secular? MI 100 2 O conselho de Paulo é claro: "Cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente". 1 Coríntios 14:15. Não há dúvida de que a música é uma expressão artística, que toca os sentimentos. Isso nos leva a avaliar, escolher e produzir a música de maneira racional, tendo em vista o seu poder, e buscando cumprir o propósito de Deus para a edificação da igreja e a salvação do mundo. MI 100 3 Não podemos esquecer que "A música é de origem celestial. Há grande poder na música. Foi a música dos anjos que fez vibrar o coração dos pastores nas planícies de Belém e envolveu o mundo todo. É através da música que os nossos louvores se erguem Àquele que é a personificação da pureza e harmonia. É com música e cânticos de vitória que os redimidos finalmente tomarão posse da recompensa imortal." -- Mensagens Escolhidas 3:334, 335. ------------------------Mensagens aos Jovens MJ 5 1 Prefácio MJ 15 1 Capítulo 1 -- A formação do caráter MJ 21 1 Capítulo 2 -- Um chamado aos jovens MJ 26 1 Capítulo 3 -- Como agradar a Deus MJ 27 1 Capítulo 4 -- Regras do sucesso MJ 33 1 Capítulo 5 -- Dia da oportunidade MJ 36 1 Capítulo 6 -- Alvo elevado MJ 41 1 Capítulo 7 -- Normas de eficiência MJ 45 1 Capítulo 8 -- Atinguindo as alturas MJ 47 1 Capítulo 9 -- Sociedade com Deus MJ 51 1 Capítulo 10 -- Poderoso inimigo MJ 54 1 Capítulo 11 -- Características do conflito MJ 57 1 Capítulo 12 -- Esforço especial de Satanás MJ 62 1 Capítulo 13 -- Tentação não é desculpa MJ 63 1 Capítulo 14 -- Fortaleza MJ 65 1 Capítulo 15 -- O templo da alma MJ 68 1 Capítulo 16 -- Propriedade de Deus MJ 71 1 Capítulo 17 -- A verdadeira conversão MJ 75 1 Capítulo 18 -- Conselhos a uma filha mimada MJ 78 1 Capítulo 19 -- Benefícios dos conflitos MJ 81 1 Capítulo 20 -- Resistindo a tentação MJ 83 1 Capítulo 21 -- O engano do pecado MJ 85 1 Capítulo 22 -- Advertência contra o ceticismo MJ 91 1 Capítulo 23 -- Um ponto fraco MJ 95 1 Capítulo 24 -- Para frente e para cima MJ 99 1 Capítulo 25 -- O aperfeiçoamento do caráter MJ 102 1 Capítulo 26 -- O combate da fé MJ 105 1 Capítulo 27 -- Assumir a vitória MJ 107 1 Capítulo 28 -- Como tornar-se forte MJ 109 1 Capítulo 29 -- Vida vitoriosa MJ 111 1 Capítulo 30 -- Fé viva MJ 118 1 Capítulo 31 -- União com Cristo MJ 121 1 Capítulo 32 -- O crescimento na graça MJ 126 1 Capítulo 33 -- Conformidade com o mundo MJ 131 1 Capítulo 34 -- Genuína experiência cristã MJ 134 1 Capítulo 35 -- Autodisciplina MJ 137 1 Capítulo 36 -- Experiência viva MJ 143 1 Capítulo 37 -- Fidelidade no mínimo MJ 146 1 Capítulo 38 -- Responsabilidade pela luz MJ 147 1 Capítulo 39 -- Dedicação total MJ 151 1 Capítulo 40 -- O exercício da vontade MJ 156 1 Capítulo 41 -- Guia divina MJ 157 1 Capítulo 42 -- A atuação silenciosa do Espírito Santo MJ 159 1 Capítulo 43 -- O Cristo que habita em nós MJ 162 1 Capítulo 44 -- Abnegação MJ 163 1 Capítulo 45 -- Caráter aprovado MJ 166 1 Capítulo 46 -- A presença de Cristo MJ 169 1 Capítulo 47 -- Colaboradores do Mestre MJ 171 1 Capítulo 48 -- A verdadeira educação MJ 173 1 Capítulo 49 -- A necessidade de educação cristã MJ 176 1 Capítulo 50 -- A eternidade como objetivo MJ 177 1 Capítulo 51 -- Preparo prático MJ 181 1 Capítulo 52 -- Lealdade MJ 183 1 Capítulo 53 -- Oportunidades que passam MJ 185 1 Capítulo 54 -- Preparo para servir MJ 188 1 Capítulo 55 -- Vontade de progredir MJ 189 1 Capítulo 56 -- A verdadeira sabedoria MJ 192 1 Capítulo 57 -- Uma norma elevada MJ 197 1 Capítulo 58 -- A boa obra dos jovens MJ 199 1 Capítulo 59 -- Deus espera muito MJ 200 1 Capítulo 60 -- Testemunhar em favor de Cristo MJ 203 1 Capítulo 61 -- Trabalho pessoal MJ 204 1 Capítulo 62 -- Influência poderosa MJ 208 1 Capítulo 63 -- Servindo em outras atividades MJ 209 1 Capítulo 64 -- Serviço desinteressado MJ 210 1 Capítulo 65 -- Prêmio para quem persevera MJ 213 1 Capítulo 66 -- A dignidade do trabalho MJ 217 1 Capítulo 67 -- Semear sobre todas as águas MJ 219 1 Capítulo 68 -- Diversos tipos de trabalho MJ 226 1 Capítulo 69 -- Serviço aceitável MJ 228 1 Capítulo 70 -- Fidelidade em todo o tempo MJ 233 1 Capítulo 71 -- A ciência do viver MJ 235 1 Capítulo 72 -- Proteger a saúde MJ 236 1 Capítulo 73 -- A santidade da saúde MJ 239 1 Capítulo 74 -- Educação equilibrada MJ 240 1 Capítulo 75 -- Sem prejuízo da saúde MJ 241 1 Capítulo 76 -- Sinais de nobreza MJ 247 1 Capítulo 77 -- Segurança através da oração MJ 249 1 Capítulo 78 -- Oração sincera é atendida MJ 251 1 Capítulo 79 -- Nossa atitude em oração MJ 252 1 Capítulo 80 -- Fé e oração MJ 253 1 Capítulo 81 -- Cabeça boa MJ 258 1 Capítulo 82 -- Tarefa individual MJ 259 1 Capítulo 83 -- Estudando a bíblia MJ 262 1 Capítulo 84 -- Recompensas MJ 263 1 Capítulo 85 -- A melhor filosofia de vida MJ 265 1 Capítulo 86 -- Comportamento na igreja MJ 268 1 Capítulo 87 -- Uma firme esperança MJ 271 1 Capítulo 88 -- Escolha da leitura MJ 275 1 Capítulo 89 -- A melhor opção MJ 279 1 Capítulo 90 -- Alimento para a mente MJ 283 1 Capítulo 91 -- O livro mais interessante MJ 285 1 Capítulo 92 -- Coração protegido MJ 287 1 Capítulo 93 -- Construindo um caráter cristão MJ 290 1 Capítulo 94 -- O efeito da ficção MJ 291 1 Capítulo 95 -- Música MJ 293 1 Capítulo 96 -- Altos objetivos MJ 295 1 Capítulo 97 -- Uso errado da música MJ 299 1 Capítulo 98 -- Lições de economia MJ 303 1 Capítulo 99 -- Espírito de sacrifício MJ 304 1 Capítulo 100 -- O dízimo MJ 306 1 Capítulo 101 -- A Deus o melhor MJ 309 1 Capítulo 102 -- Responsabilidade individual MJ 311 1 Capítulo 103 -- Os presentes das festas MJ 313 1 Capítulo 104 -- Economia no vestuário MJ 316 1 Capítulo 105 -- Satisfação do eu MJ 320 1 Capítulo 106 -- Economia e abnegação MJ 325 1 Capítulo 107 -- Uma casa cristã MJ 326 1 Capítulo 108 -- Fidelidade nos deveres domésticos MJ 327 1 Capítulo 109 -- Religião no lar MJ 329 1 Capítulo 110 -- O lar é uma escola MJ 331 1 Capítulo 111 -- Respeito e amor aos pais MJ 333 1 Capítulo 112 -- Uma bênção MJ 335 1 Capítulo 113 -- A Formação do Caráter MJ 339 1 Capítulo 114 -- Aceitar responsabilidades MJ 341 1 Capítulo 115 -- A hora do culto MJ 342 1 Capítulo 116 -- Recebendo visitas MJ 345 1 Capítulo 117 -- Religião X aparência pessoal MJ 349 1 Capítulo 118 -- O vestuário e o caráter MJ 351 1 Capítulo 119 -- Escolhendo a melhor roupa MJ 353 1 Capítulo 120 -- Influência do vestuário MJ 354 1 Capítulo 121 -- A beleza interior MJ 358 1 Capítulo 122 -- Um caso de idolatria MJ 359 1 Capítulo 123 -- O verdadeiro adorno MJ 363 1 Capítulo 124 -- O valor da recreação MJ 367 1 Capítulo 125 -- O caminho da sabedoria MJ 371 1 Capítulo 126 -- Palavras de Conselho MJ 373 1 Capítulo 127 -- Diversões perigosas MJ 379 1 Capítulo 128 -- O que não fazer MJ 382 1 Capítulo 129 -- O prejuízo MJ 383 1 Capítulo 130 -- A alegria na religião MJ 385 1 Capítulo 131 -- Recreação cristã MJ 387 1 Capítulo 132 -- Atividades sociais MJ 392 1 Capítulo 133 -- Como passar os feriados MJ 394 1 Capítulo 134 -- Uma alternativa às sociedades literárias MJ 398 1 Capítulo 135 -- A dança MJ 403 1 Capítulo 136 -- Sociabilidade objetiva MJ 405 1 Capítulo 137 -- Intercâmbio amigável MJ 407 1 Capítulo 138 -- Princípios de orientação MJ 411 1 Capítulo 139 -- Bênção ou maldição MJ 417 1 Capítulo 140 -- A influência MJ 419 1 Capítulo 141 -- Fazendo escolhas MJ 420 1 Capítulo 142 -- A regra de ouro MJ 421 1 Capítulo 143 -- Alta qualidade MJ 423 1 Capítulo 144 -- As más companhias MJ 425 1 Capítulo 145 -- Nível elevado MJ 429 1 Capítulo 146 -- Tentação MJ 432 1 Capítulo 147 -- Visitantes descrentes MJ 435 1 Capítulo 148 -- Noivado e casamento MJ 437 1 Capítulo 149 -- O que evitar no namoro MJ 439 1 Capítulo 150 -- Escolhendo a pessoa para toda a vida MJ 443 1 Capítulo 151 -- Atitude honrada MJ 452 1 Capítulo 152 -- Casamento prematuro MJ 453 1 Capítulo 153 -- Estratégias de Satanás MJ 456 1 Capítulo 154 -- A felicidade como objetivo MJ 461 1 Capítulo 155 -- Responsabilidades do casamento MJ 462 1 Capítulo 156 -- Bom senso e domínio próprio MJ 464 1 Capítulo 157 -- O exemplo de Isaque ------------------------Prefácio MJ 5 1 Em tempos antigos, quando Jerusalém estava para ser reconstruída, o profeta, em visão, ouviu um mensageiro celestial dizer a outro: "Corre, fala a este jovem." Zacarias 2:4. Hoje, da mesma forma, cada jovem do movimento adventista tem um importante papel a desempenhar no drama final da história terrestre. MJ 5 2 "O Senhor designou a juventude para ser Sua mão ajudadora." -- Testimonies for the Church 7:64. MJ 5 3 "Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo!" -- Educação, 271. MJ 5 4 Aos jovens do movimento adventista vieram mensagens como essas, mediante o Espírito de Profecia, desde o começo de nossa obra. A pessoa escolhida pelo Senhor, para a manifestação desse dom, Ellen G. White, era uma jovem de apenas dezessete anos, ao iniciar seu trabalho. Conhecia as lutas de todos os adolescentes e jovens contra os poderes das trevas e também conhecia a vida de vitória em Cristo. Ela escreveu muitas mensagens de instrução, simpatia, repreensão e encorajamento, diretamente dirigidas aos jovens. Esses textos sempre tiveram o objetivo de encaminhar a mente da juventude para Cristo e Sua Palavra. MJ 5 5 Em 1892 e 1893, foram dadas mensagens específicas, sugerindo que os jovens deveriam ser organizados em grupos e sociedades, para o serviço cristão. Surgiu, dessas instruções, a Sociedade dos Missionários Voluntários Jovens, chamada atualmente de Jovens Adventistas. MJ 6 1 Conquanto muito do que a irmã White escreveu para os jovens tenha sido publicado em livros, diversos artigos que apareceram no The Youth's Instructor e em outras revistas, não foram preservados de maneira permanente. Essas instruções são um precioso legado e devem estar em mãos de todos os jovens de hoje. Tudo o que ela escreveu nesses periódicos foi examinado, desde o início de seu trabalho, e foram selecionadas as matérias que têm a ver com os jovens e suas necessidades. Incluímos também muita matéria já em formato de livro, mas não largamente difundida entre os jovens. MJ 6 2 O primeiro trabalho de seleção foi, em grande parte, feito pelo professor J. F. Simon. Foi então submetido ao pastor W. C. White, que fez valiosos acréscimos e sugestões. Afinal, foi cuidadosamente organizada pelo professor H. T. Elliott. Espera-se que o interesse dos jovens, neste livro, os induza a um cuidadoso estudo de todas as mensagens transmitidas à igreja remanescente, pelo Espírito de Profecia. MJ 6 3 É nossa mais fervorosa oração que estas mensagens sejam uma grande força aos jovens do movimento adventista de todo o mundo, no aperfeiçoamento do caráter cristão e em dar novo impulso para a conclusão de nossa grande tarefa -- "A Mensagem do Advento a Todo o Mundo nesta Geração". ------------------------Capítulo 1 -- A formação do caráter MJ 15 1 Tenho profundo interesse nos jovens, e desejo muito vê-los lutando para aperfeiçoar o caráter cristão e procurando, pelo estudo diligente e fervorosa oração, adquirir o preparo necessário para o serviço aceitável na causa de Deus. Desejo vê-los ajudando-se uns aos outros a alcançar um plano mais elevado de experiência cristã. MJ 15 2 Cristo veio para ensinar à família humana o caminho da salvação, e Ele tornou esse caminho tão claro que uma criancinha pode andar nele. Ele ordena aos Seus discípulos que prossigam em conhecer ao Senhor; e, ao seguirem diariamente Sua orientação, aprendam que o final será glorioso. MJ 15 3 Vocês já viram o nascer do sol e os efeitos do gradual alvorecer do dia sobre terra e céu. Pouco a pouco aumenta a claridade, até aparecer o sol; então a luz se torna constantemente mais forte e mais clara, até atingir a glória plena do meio-dia. É essa uma linda ilustração do que Deus deseja fazer por Seus filhos, no aperfeiçoamento da vida cristã. Ao andarmos dia a dia na luz que nos concede, em voluntária obediência a todos os Seus reclamos, nossa experiência cresce e alarga-se até alcançarmos a estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus. MJ 16 1 Os jovens precisam sempre conservar diante de si a conduta seguida por Cristo, a qual era a cada passo um procedimento vitorioso. Cristo não veio à Terra como rei para governar nações. Veio como homem humilde, para ser tentado, para vencer a tentação e para prosseguir, como nós o devemos fazer, conhecendo ao Senhor. No estudo de Sua vida aprenderemos quanto Deus, por meio dEle, fará em favor de Seus filhos. E aprenderemos que, por maiores que sejam nossas provações, não poderão exceder o que Cristo suportou para que pudéssemos conhecer o caminho, a verdade e a vida. Por uma vida de conformidade com Seu exemplo, devemos mostrar nossa apreciação de Seu sacrifício em nosso favor. MJ 16 2 Os jovens foram comprados por preço infinito, pelo próprio sangue do Filho de Deus. Considerem o sacrifício do Pai ao permitir que Seu Filho fizesse esse sacrifício. Considerem o que Cristo renunciou ao deixar as cortes do Céu e o trono real, a fim de dar a vida em sacrifício diário pelas pessoas. Ele sofreu desonra e maus-tratos. Suportou todos os insultos e zombarias que homens ímpios sobre Ele puderam lançar. E, ao ser concluído Seu ministério terrestre, sofreu a morte de cruz. Considerem Seus sofrimentos na cruz -- os cravos pregados nas mãos e nos pés, a zombaria e os insultos dos que viera salvar, o ocultamento do rosto do Pai. Mas foi por meio de tudo isso que Cristo tornou possível, a todos quantos desejarem, possuir a vida que se compara com a de Deus. Amigo fiel MJ 17 1 Quando Cristo ascendeu ao Pai, não deixou os Seus seguidores sem auxílio. O Espírito Santo, como Seu representante, e os anjos celestiais, como espíritos ministradores, são enviados para ajudar os que, contra forças superiores, lutam o bom combate da fé. Lembre-se sempre de que Jesus é seu ajudador. Ninguém compreende tão bem como Ele as suas peculiaridades de caráter. Ele está atento a você e, se estiver disposto a ser guiado por Ele, lançará ao seu redor influências para o bem que o habilitarão a cumprir toda a Sua vontade. MJ 17 2 Nesta vida estamos nos preparando para a futura. Logo será realizado um grande teste, no qual todos que procuram aperfeiçoar o caráter cristão deverão subsistir à prova das penetrantes perguntas de Deus: Você deu um exemplo que outros pudessem seguir com segurança? Esteve atento às pessoas como se tivesse que dar conta delas? Os anjos celestiais se interessam pelos jovens; e estão intensamente desejosos de que você resista à prova e que as palavras de aprovação lhe sejam dirigidas: "Muito bem, servo bom e fiel. ... Entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21 (ARA). MJ 18 1 Que os jovens se lembrem de que devem formar aqui o caráter para a eternidade, e de que Deus requer deles que façam o melhor possível. Que os mais velhos em experiência estejam atentos aos mais jovens; e, quando os virem tentados, chamem-nos à parte e orem com eles e por eles. O Senhor deseja que reconheçamos o grande sacrifício de Cristo por nós, mostrando interesse na salvação daqueles a quem veio salvar. Se os jovens buscarem a Cristo, Ele tornará eficazes seus esforços. -- The Youth's Instructor, 21 de Novembro de 1911. MJ 20 1 Para que a obra possa avançar em todos os ramos, Deus pede vigor, zelo e coragem juvenis. Ele escolheu a mocidade para ajudar no progresso de Sua causa. Planejar com clareza de espírito e executar com mãos valorosas, exige energias novas e sãs. Os jovens, homens e mulheres, são convidados a consagrar a Deus a força de sua juventude, a fim de que, pelo exercício de suas faculdades, mediante vivacidade de pensamento e vigor de ação, possam glorificá-Lo, a Ele, e levar salvação a seus semelhantes. -- Obreiros Evangélicos, pág. 67. ------------------------Capítulo 2 -- Um chamado aos jovens MJ 21 1 Deus quer que os jovens se tornem pessoas de espírito zeloso, a fim de estarem preparados para a ação em Seu nobre trabalho e serem aptos a assumir responsabilidades. Deus chama jovens de coração puro, fortes e valorosos, e determinados a combater corajosamente na luta que se acha diante deles, a fim de glorificarem a Deus e beneficiarem a humanidade. Se os jovens verdadeiramente fizessem da Bíblia o seu estudo, de fato acalmassem seus impetuosos desejos e ouvissem a voz de seu Criador e Redentor, não só estariam em paz com Deus, mas eles próprios se achariam enobrecidos e elevados. É de interesse eterno para você, meu jovem amigo, atender às instruções da Palavra de Deus, pois elas são de inestimável importância para você. MJ 21 2 Rogo-lhe que seja prudente, e considere qual será o resultado de levar vida desordenada, não regida pelo Espírito de Deus. "Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá. Se plantar no terreno de sua natureza humana, desse terreno colherá a morte." Gálatas 6:7, 8. Por amor de sua salvação, por amor de Cristo, que deu a Si mesmo para salvá-lo da ruína, pare agora no começo de sua vida, e pese bem suas responsabilidades, suas oportunidades, suas possibilidades. Deus lhe deu oportunidade de ter um alto destino. Sua influência pode pesar na balança em favor da verdade de Deus; pode ser um cooperador Seu na grande obra da redenção humana. ... Chamados a um alto destino MJ 22 1 Oh! Se os jovens pudessem apreciar o alto destino a que são chamados! Considerem bem os caminhos de seus pés. Comecem sua obra com elevado e santo propósito e estejam decididos, mediante o poder da graça divina, a não se desviarem do caminho da retidão. Se começarem a ir em direção errada, cada passo será cheio de perigo e desastre, e continuarão a afastar-se da verdade, da segurança e do sucesso. Precisam que o intelecto seja fortalecido e as energias morais vivificadas pelo poder divino. MJ 22 2 A causa de Deus requer as mais elevadas faculdades do ser e, em muitos campos, há urgente necessidade de jovens com a habilidade de escrever. Há necessidade de homens a quem se possa confiar o trabalho em extensos campos que hoje se acham prontos para a colheita. Jovens de aptidões comuns, que se entreguem completamente a Deus e não sejam contaminados por vícios e impurezas, terão sucesso e serão habilitados a fazer uma grande obra para Deus. Atendam os jovens à advertência e sejam sensatos! MJ 22 3 Quantos jovens têm desperdiçado em extravagância e desregramento as forças dadas por Deus! Quantas histórias dolorosas surgem diante de mim, de jovens que se tornaram meras ruínas da humanidade, mental, moral e fisicamente, devido à condescendência com hábitos viciosos! A constituição ficou arruinada, a utilidade da vida foi muito prejudicada, por causa da condescendência com prazeres ilícitos. MJ 22 4 Rogo-lhes, descuidados e indiferentes jovens de hoje: convertam-se e tornem-se colaboradores de Deus. Que seja o desejo de sua vida abençoar e salvar a outros. Se buscarem auxílio de Deus, Seu poder a atuar em vocês anulará as forças oponentes, e vocês se tornarão santificados pela verdade. O pecado prevalece de maneira alarmante entre os jovens de hoje, mas seja seu propósito fazer o que for possível para salvar pessoas do poder de Satanás. Portadores de luz MJ 23 1 Levem a luz aonde quer que forem; mostrem que têm força de propósito, que não são pessoas indecisas, facilmente dominadas por maus companheiros. Não aceitem as sugestões dos que desonram a Deus, antes procurem reformar, reaver e salvar pessoas do mal. MJ 23 2 Recorram à oração, falem com mansidão e humildade de espírito aos que se opõem. Uma pessoa salva do erro e levada sob o estandarte de Cristo trará alegria ao Céu e colocará uma estrela em sua coroa de honra. Uma pessoa salva levará, por sua piedosa influência, outras ao conhecimento da salvação, e assim a obra se multiplicará, e só as revelações do dia do juízo tornarão manifesta a extensão da mesma. MJ 23 3 Não hesitem em trabalhar pelo Senhor, por pensarem que podem fazer pouco. Façam com fidelidade o seu pouco; pois Deus cooperará com seus esforços. Ele escreverá seu nome no livro da vida, como o de uma pessoa digna de entrar no gozo do Senhor. Supliquemos-Lhe fervorosamente que sejam suscitados obreiros, pois os campos estão brancos para a ceifa; a seara é grande, mas poucos os ceifeiros. ... Alimentar idéias amplas MJ 24 1 Os jovens devem ter idéias amplas e planos sábios, para poderem tirar o maior proveito de suas oportunidades e captar a inspiração e a coragem que animaram os apóstolos. Diz João: "Escrevo a vocês, jovens, porque são fortes. A mensagem de Deus vive em vocês, e vocês já venceram o maligno." 1 João 2:14. Elevada norma é apresentada perante os jovens, e Deus os convida a participar de um serviço real para Ele. Jovens de coração sincero, que se deleitam em ser alunos na escola de Cristo, podem fazer grande obra pelo Mestre, se tão-somente derem ouvidos à ordem do Capitão, ao ressoar ela ao longo das fileiras até ao nosso tempo: "Sejam corajosos, sejam fortes." 1 Coríntios 16:13. MJ 24 2 Vocês devem ser pessoas que andem humildemente com Deus, que estejam perante Ele na coragem que lhes deu, livres de impureza e de toda a contaminação da sensualidade que caracteriza a época atual. Devem ser jovens que desprezem toda falsidade e impiedade, ousem ser verdadeiros e valorosos, elevando o ensangüentado estandarte do Príncipe Emanuel. Seus talentos aumentarão à medida que os usarem para o Mestre, e serão avaliados como preciosos por Aquele que os comprou por preço infinito. Não se assentem nem negligenciem fazer qualquer coisa, simplesmente porque não podem realizar algum grande feito, mas executem, com perfeição e energia, tudo quanto suas mãos encontrarem por fazer. ... O chamado para o alistamento MJ 24 3 Cristo chama voluntários para se alistarem sob Sua bandeira, e levarem perante o mundo o estandarte da cruz. A igreja se enfraquece por falta do auxílio de jovens que dêem corajoso testemunho e, com zelo ardente, estimulem as energias enfraquecidas do povo de Deus, aumentando assim o poder da igreja no mundo. Necessitam-se jovens que resistam à onda de mundanismo e ergam uma voz de advertência contra o dar os primeiros passos na imoralidade e no vício. MJ 25 1 Mas os rapazes que querem servir a Deus e entregar-se a Sua obra precisam, primeiramente, limpar de toda impureza o templo da alma e entronizar a Cristo no coração; serão então habilitados a pôr energia em seu esforço cristão e manifestarão entusiástico zelo em convencer as pessoas a reconciliar-se com Cristo. Não responderão os nossos jovens ao convite de Cristo, dizendo: "Eis-me aqui, envia-me a mim"? Avancem para a frente e identifiquem-se como colaboradores de Deus, assumindo o trabalho onde Ele o deixou e levando-o à conclusão. -- The Review and Herald, 16 de Junho de 1891. Elementos essenciais do caráter MJ 25 2 Deus não pede que os jovens tenham aspirações menores. Os elementos de caráter que tornam um homem bem-sucedido e honrado entre os demais -- o desejo irreprimível de algum bem maior, a vontade indomável, o esforço constante, a incansável perseverança -- não devem ser esmagados. -- Patriarcas e Profetas, 602. ------------------------Capítulo 3 -- Como agradar a Deus MJ 26 1 O Senhor tem uma obra especial a fazer por nós individualmente. Ao vermos a impiedade do mundo trazida à luz nos tribunais de justiça e publicada nos jornais, aproximemo-nos de Deus e, pela fé viva, apeguemo-nos às Suas promessas, para que a graça de Cristo seja manifesta em nós. Podemos exercer influência, uma poderosa influência, no mundo. Se o convincente poder de Deus estiver conosco, seremos habilitados a levar à conversão pessoas que estão no pecado. MJ 26 2 Nossa simplicidade realizará muito nessa obra. Não devemos procurar chegar a elevadas posições ou alcançar o louvor dos homens. Não devemos ter o alvo de ser o maior. Nossa única finalidade deve ser a glória de Deus. Cumpre-nos trabalhar com toda a inteligência que Deus nos deu, colocando-nos no conduto de luz, a fim de que venha sobre nós a graça divina para moldar-nos e talhar-nos à semelhança divina. O Céu está à espera para conceder suas mais ricas bênçãos aos que se consagrarem à obra de Deus, nos últimos dias da história terrestre. Seremos provados e experimentados; poderemos ser chamados a passar noites em vigília; mas que sejam tais horas passadas em fervorosa oração a Deus, a fim de que Ele nos dê entendimento e nos vivifique o espírito para discernirmos os privilégios que são nossos. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1909. ------------------------Capítulo 4 -- Regras do sucesso MJ 27 1 "Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor." Salmos 111:10. Muitos de nossos jovens não sentem necessidade de exercitarem vigorosamente suas faculdades a fim de fazerem o melhor que lhes seja possível, em todas as ocasiões e sob todas as circunstâncias. Não têm diante dos olhos o temor do Senhor, e seus pensamentos não são puros e elevados. MJ 27 2 Todo o Céu acompanha cada pensamento e ação. Seus atos podem não ser vistos por seus companheiros, mas estão visíveis à inspeção dos anjos. Os anjos são encarregados de auxiliar os que lutam para vencer todo mau hábito e livrar-se das armadilhas de Satanás. Fiel integridade MJ 27 3 A influência dos pequeninos atos maus, das pequenas incoerências em moldar o caráter, não são avaliadas como deveriam ser. Os maiores e mais elevados princípios são-nos revelados na Palavra de Deus. São-nos dados para fortalecer todo esforço para o bem, para controlar e equilibrar a mente, para levar-nos ao desejo de alcançar elevada norma. MJ 27 4 Na história de José, de Daniel e seus companheiros, vemos como os laços dourados da verdade podem ligar os jovens ao trono de Deus. Não podiam ser tentados a desviar-se de seu procedimento de integridade. Estimavam o favor divino mais que o favor e o louvor de príncipes, e Deus os amava e sobre eles estendia Sua proteção. Devido a sua fiel integridade, a sua resolução de honrar a Deus acima de todo poder humano, o Senhor os honrou notavelmente diante dos homens. Foram exaltados pelo Senhor dos Exércitos, cujo poder está sobre todas as obras de Suas mãos, em cima no Céu e embaixo na Terra. Esses jovens não se envergonhavam de agitar sua bandeira. Mesmo na corte do rei, por suas palavras, hábitos e práticas, confessaram sua fé no Senhor Deus do Céu. Recusaram-se a inclinar-se perante qualquer poder terrestre que diminuísse a honra divina. Tinham força do Céu para confessar sua fidelidade a Deus. MJ 28 1 Vocês devem estar preparados para seguir o exemplo desses nobres jovens. Nunca se envergonhem de seu estandarte; tomem-no e agitem-no à vista dos homens e dos anjos. Não sejam dominados pela falsa modéstia, pela falsa prudência que lhes sugere um procedimento contrário a este conselho. Por suas palavras escolhidas e seu procedimento coerente, sua correção e sincera piedade, façam confissão de sua fé, resolvidos a que Cristo ocupe o trono no templo da alma; e, sem reservas, deponham aos pés dEle os seus talentos para serem usados no serviço dEle. Consagração completa MJ 28 2 Para seu bem, presente e eterno, é melhor que se entreguem inteiramente ao que é certo, para que o mundo saiba qual a sua posição. Muitos não se entregam inteiramente à causa de Deus, e sua atitude vacilante é fonte de fraqueza para si mesmos e uma pedra de tropeço para os outros. Com princípios indecisos, sem consagração como se acham, as ondas da tentação os arrastam daquilo que sabem ser justo, e não fazem santos esforços para vencer todo mal e, pela justiça conferida por meio de Cristo, aperfeiçoar um caráter justo. MJ 29 1 O mundo tem o direito de saber justamente o que se pode esperar de todo ser humano inteligente. Quem for um conjunto vivo de princípios firmes, decididos e justos, será uma influência viva sobre os companheiros; e influenciará os outros pelo seu cristianismo. Muitos não percebem nem avaliam quão grande é a influência de cada um para o bem ou para o mal. Todo estudante deve compreender que os princípios que adota se tornam uma influência viva, modeladora do caráter. Aquele que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal, amará a Jesus e a todos pelos quais Ele morreu; pois Cristo será nele uma fonte de água que salta para a vida eterna. Entregar-se-á sem reservas à direção de Cristo. Manifestar a liberdade MJ 29 2 Tornem a lei de sua vida, da qual nenhuma tentação ou interesse secundário os faça desviar, honrar a Deus, porque Ele "amou o mundo tanto, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Como seres morais livres e redimidos, resgatados por preço infinito, Deus os chama a declarar sua liberdade e, como súditos livres do reino do Céu, a empregarem as faculdades por Ele concedidas. Não permaneçam mais sob a escravidão do pecado, mas como súditos fiéis do Rei dos reis provem sua lealdade a Deus. MJ 30 1 Por meio de Jesus Cristo, mostrem que são dignos da santa responsabilidade com que o Senhor os honrou, ao conceder-lhes vida e graça. Devem recusar sujeitar-se ao poder do mal. Como soldados de Cristo, precisamos deliberada e inteligentemente aceitar Suas condições de salvação sob todas as circunstâncias, acariciar retos princípios e agir de acordo com eles. A sabedoria divina deve ser uma lâmpada para os seus pés. Sejam fiéis a si mesmos e a seu Deus. Tudo quanto puder ser abalado, será; mas arraigados e firmados na verdade, vocês permanecerão com as coisas que não podem ser abaladas. A lei do Senhor é firme, inalterável; pois é a expressão do caráter de Jeová. Decidam-se a não lançar, por palavra ou influência, a menor desonra sobre sua autoridade. Entrega completa MJ 30 2 Ter a religião de Cristo significa que vocês renderam absolutamente todo o ser a Deus e aceitaram a orientação do Espírito Santo. Através do dom do Espírito Santo, lhes será dado poder moral, e não somente terão os talentos que lhes foram previamente confiados para o serviço de Deus, mas sua eficiência será grandemente multiplicada. A entrega de todas as faculdades a Deus simplifica grandemente o problema da vida. Enfraquece e abrevia milhares de lutas com as paixões do coração natural. A religião é como cordas de ouro que ligam a Cristo tanto a vida de jovens como a de adultos. Por meio dela, os voluntários e obedientes são seguramente conduzidos através de escuros e complicados caminhos para a cidade de Deus. MJ 31 1 Há jovens que têm apenas faculdades comuns. No entanto, através de educação e disciplina de professores movidos por princípios elevados e puros, eles podem sair do processo de preparo qualificados para assumir a posição de confiança a que Deus os chamou. Mas há jovens que fracassarão por não estarem decididos a vencer as inclinações naturais, e eles não ouvirão a voz de Deus em Sua Palavra. Não defenderam a alma da tentação e resolveram fazer seu dever de qualquer maneira. São como alguém que, em perigosa viagem, recusa qualquer guia ou instrução pelas quais possa escapar de acidente e ruína, e prossegue em certo curso de destruição. A escolha do destino MJ 31 2 Oh! Se cada pessoa pudesse compreender que ela é o árbitro de seu destino! Sua felicidade para esta vida e para a futura vida imortal compete a vocês mesmos. Se escolherem, podem ter companheiros que, por sua influência, rebaixarão seus pensamentos, palavras e moral. Podem dar rédea solta ao apetite e à paixão, desprezar a autoridade, usar linguagem vulgar e degradar-se até ao mais baixo nível. Sua influência pode ser tal que contamine outros e venha a ser a causa da ruína dos que poderiam ter levado a Cristo. Podem desviá-los de Cristo, da justiça, da santidade e do Céu. No juízo, os perdidos podem apontar para vocês, dizendo: "Se não fosse sua influência, eu não teria tropeçado e zombado da religião. Ele tinha luz, conhecia o caminho para o Céu. Eu era ignorante e fui de olhos vendados no caminho da destruição." Oh, que resposta podemos dar a semelhante acusação? Quão importante é que cada um considere para onde está guiando as pessoas! Estamos à vista do mundo eterno, e quão diligentemente devemos calcular o custo de nossa influência. Não devemos deixar a eternidade fora de nosso cálculo, mas acostumar-nos a perguntar continuamente a nós mesmos: Será este procedimento agradável a Deus? Qual será a influência de meu ato sobre a mente dos que tiveram muito menos luz e evidências quanto ao que é justo? Perguntas que ajudam MJ 32 1 Oh, se os jovens examinassem as Escrituras e fizessem o que julgam que Cristo faria em idênticas circunstâncias! Nossas oportunidades de alcançar conhecimentos do Céu colocaram sobre nós grandes responsabilidades e, com intensa preocupação, devemos perguntar: Estou andando na luz? Estou, de acordo com a grande luz que me foi dada, avançando no caminho reto, ou seguindo caminhos tão tortuosos que os mais fracos se desviarão dele? ... MJ 32 2 Deve invadir-nos um profundo, permanente sentimento do valor, santidade e autoridade da verdade. Os brilhantes raios da luz celestial resplandecem sobre seu caminho, queridos jovens, e oro para que tirem o melhor proveito de suas oportunidades. Recebam e valorizem todo raio de luz mandado do Céu, e seu caminho se tornará mais e mais brilhante até ao dia perfeito. -- The Youth's Instructor, 2 de Fevereiro de 1893. ------------------------Capítulo 5 -- Dia da oportunidade MJ 33 1 Há, neste tempo, lições a aprendermos da experiência dos que trabalharam para Deus nas gerações passadas. Quão pouco sabemos dos conflitos, provas e trabalhos desses homens, ao prepararem-se para enfrentar os exércitos de Satanás! Revestindo-se de toda a armadura de Deus, foram capazes de resistir aos enganos de Satanás. ... MJ 33 2 Esses homens que, no passado, se entregaram a Deus e ao reerguimento de Sua causa, eram tão fiéis ao princípio quanto o aço. Eram homens que não fracassavam nem desanimavam; homens que, como Daniel, eram cheios de reverência e de zelo por Deus, cheios de nobres propósitos e aspirações. Eram tão fracos e impotentes como qualquer dos que hoje se empenham na obra, mas colocavam toda a sua confiança em Deus. Tinham riqueza, mas esta consistia na cultura da mente e do coração. Isso pode possuir todo o que fizer de Deus o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Embora destituídos de sabedoria, conhecimento, virtude e poder, podemos receber tudo isso, se aprendermos de Cristo as lições que é nosso privilégio aprender. Obreiros necessários MJ 33 3 Temos, neste tempo, oportunidades e vantagens que não eram fáceis de obter em gerações passadas. Possuímos muito mais luz, e esta nos veio mediante o trabalho das fiéis sentinelas que fizeram de Deus a sua confiança e dEle receberam poder para fazer a luz brilhar em claros e resplandecentes raios, perante o mundo. Em nossos dias temos de aproveitar a grande luz, como em tempos passados homens e mulheres de nobre valor aproveitaram a que Deus lhes deu. Trabalharam muito tempo para aprender as lições apresentadas na escola de Cristo, e não o fizeram em vão. Seus perseverantes esforços foram recompensados. Ligaram-se ao mais potente de todos os poderes e, no entanto, anelavam sempre mais profunda, mais elevada e ampla compreensão das realidades eternas, a fim de, com sucesso, poderem apresentar os tesouros da verdade a um mundo necessitado. MJ 34 1 São necessários hoje obreiros desse caráter. Os que são valorosos à vista de Deus, e assim registrados nos livros dos Céus, são os que, como Daniel, cultivam cada faculdade de maneira a melhor representar o reino de Deus num mundo que permanece na impiedade. O progresso nos conhecimentos é essencial; pois, quando empregado na causa de Deus, o conhecimento é um poder para o bem. O mundo precisa de homens pensantes, homens de princípio e que cresçam constantemente no entendimento e no discernimento. A imprensa necessita de pessoas que o usem com a maior vantagem, a fim de que sejam dadas asas à verdade para fazê-la voar a toda nação, língua e povo. Nossa fonte de eficiência MJ 34 2 Necessitamos incentivar os jovens que cultivem verdadeira diligência e não temam utilizar suas habilidades. Esses jovens encontrarão colocação em qualquer parte, pois não vacilam no caminho; na mente e no coração trazem a semelhança divina. Seu olhar é puro, e constantemente avançam para a frente e para cima, exclamando: Vitória! Não há, porém, chamado para o preguiçoso, o medroso e o incrédulo que, por sua falta de fé e má vontade em negar o eu por amor de Cristo, impedem a obra de avançar. ... MJ 35 1 Deus chama os que serão colaboradores Seus. Ligada a Cristo, a natureza humana torna-se pura e verdadeira. Cristo concede a eficiência, e o homem torna-se um poder para o bem. Fidelidade e integridade são atributos de Deus, e quem os possui tem um poder que é invencível. -- The Review and Herald, 10 de Março de 1903. Justiça interior MJ 35 2 A justiça interior é demonstrada pela exterior. Quem é justo interiormente não é insensível nem indiferente, mas dia a dia cresce na imagem de Cristo, indo de força em força. O que está sendo santificado pela verdade exercerá domínio próprio e seguirá os passos de Cristo até que a graça se una à glória. A justiça pela qual somos justificados é imputada; a justiça pela qual somos santificados é transmitida. A primeira é nosso título para o Céu; a segunda, nossa adequação para ele. -- The Review and Herald, 4 de Junho de 1895. ------------------------Capítulo 6 -- Alvo elevado MJ 36 1 Querido jovem, qual é o alvo e propósito de sua vida? Tem você a ambição de educar-se para poder ter nome e posição no mundo? Tem pensamentos que não ousa exprimir, de poder um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poder assentar-se em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Cada um de vocês pode estabelecer um alvo. Vocês não devem se contentar com realizações mesquinhas. Estabeleçam alvos elevados, e não poupem esforços para alcançá-los. -- Fundamentos da Educação Cristã, 82. A religião é a base da vida MJ 36 2 O temor do Senhor está à base de toda verdadeira grandeza. A integridade, a inabalável integridade, é o princípio que vocês precisam levar com vocês em todas as relações da vida. Levem com vocês a religião em sua vida escolar, na casa em que se hospedam, em todas as suas atividades. A importante questão para vocês é agora como escolher e aperfeiçoar seus estudos de maneira a conservar a solidez e pureza de um caráter cristão imaculado, mantendo todas as exigências e interesses temporais em sujeição aos reclamos mais elevados do evangelho de Cristo. MJ 36 3 Devem agora construir com material que lhes seja possível fornecer, para se relacionarem com a sociedade e com a vida de maneira tal que possam corresponder ao desígnio de Deus quando os criou. Como discípulos de Cristo, não são impedidos de empenhar-se em atividades temporais; mas devem levar a religião com vocês. Seja qual for a atividade a que vocês possam se habilitar, nunca alimentem a idéia de que nela não podem alcançar sucesso sem sacrificar princípios. -- Fundamentos da Educação Cristã, 82, 83. Elevadas responsabilidades MJ 37 1 Amparados pelos princípios religiosos, vocês podem atingir qualquer altura que desejarem. Ficaríamos felizes em vê-los elevando-se à nobre altura que Deus quer que alcancem. Jesus ama os preciosos jovens; e não Lhe agrada vê-los crescer com talentos não cultivados e não desenvolvidos. Eles podem se tornar homens fortes de firmes princípios, aptos para lhes serem confiadas elevadas responsabilidades, e para esse fim podem licitamente direcionar os esforços. MJ 37 2 Nunca, porém, cometam o tão grande crime de perverter as faculdades conferidas por Deus, para praticar o mal e destruir a outros. Há homens dotados que empregam sua habilidade para disseminar a ruína moral e a corrupção; mas todos esses estão lançando sementes que produzirão uma colheita que não se sentirão orgulhosos de ceifar. Terrível coisa é usar as habilidades por Deus concedidas, de maneira a espalhar na sociedade danos e mágoas em vez de bênçãos. Coisa triste é, também, embrulhar num lenço o talento que nos é confiado e escondê-lo no mundo; pois isso é lançar fora a coroa da vida. Deus requer nosso serviço. Há responsabilidades para cada um; e só podemos cumprir a grande missão da vida quando essas responsabilidades forem amplamente aceitas, e fiel e conscienciosamente desempenhadas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 83. A influência da religião MJ 38 1 Diz o sábio: "Lembre do seu Criador enquanto você é jovem." Eclesiastes 12:1. Mas não julguem, por um momento sequer, que a religião os tornará tristes e sombrios, e impedirá o caminho para o sucesso. A religião de Cristo não apaga nem mesmo enfraquece uma única faculdade. De maneira alguma os incapacita para o exercício da verdadeira felicidade; não se destina a diminuir seu interesse na vida, ou a torná-los indiferentes aos pedidos de amigos e da sociedade. Não reveste a vida de tristeza; não se expressa em profundos suspiros e gemidos. Não, não; os que em todas as coisas consideram a Deus o primeiro, o último e o melhor, são as pessoas mais felizes do mundo. Os sorrisos e o brilho do sol não lhes desaparecem do semblante. A religião não torna quem a pratica grosseiro nem áspero, desasseado ou descortês; ao contrário, eleva-o e enobrece-o, refina-lhe o gosto, santifica-lhe o juízo, e habilita-o para a sociedade dos anjos celestiais e para o lar que Jesus foi preparar. MJ 38 2 Nunca percamos de vista que Jesus é a fonte de alegria. Ele não Se deleita no fracasso dos seres humanos, mas apraz-Lhe vê-los felizes. Os cristãos têm ao seu dispor muitas fontes de felicidade e podem dizer com infalível certeza quais são os prazeres lícitos e corretos. Podem desfrutar de recreações que não prejudicam a mente ou rebaixam a alma, não iludem nem deixam após si triste influência que destrua o respeito próprio ou impeça o caminho da utilidade. Caso possam levar consigo a Jesus e manter-se em espírito de oração, estarão perfeitamente seguros. -- Fundamentos da Educação Cristã, 83, 84. Nossa mordomia de talentos MJ 39 1 Jovens amigos, o temor do Senhor faz parte da base de todo progresso; é ele o princípio da sabedoria. Seu Pai celestial tem direitos sobre vocês; pois sem que solicitassem ou merecessem Ele deu-lhes as bênçãos de Sua providência; e, mais que isso, deu-lhes todo o Céu em um dom -- o de Seu amado Filho. Em retribuição a esse infinito dom, Ele requer de vocês obediência voluntária. Visto que foram resgatados por um alto preço, o precioso sangue do Filho de Deus, Ele requer que façam uso correto dos privilégios que desfrutam. Suas faculdades intelectuais e morais são dons divinos, talentos confiados para sábio desenvolvimento, e vocês não têm a liberdade de deixá-los improdutivos por falta do devido cultivo, ou a serem danificados e diminuídos pela falta de ação. Compete-lhes determinar se as pesadas responsabilidades que sobre vocês repousam serão fielmente cumpridas ou não, se seus esforços serão ou não bem dirigidos, e da melhor maneira que puderem. MJ 39 2 Vivemos entre os perigos dos últimos dias. Todo o Céu se interessa no caráter que vocês estão formando. Toda providência foi tomada em seu favor, a fim de serem participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. O homem não é deixado só para vencer os poderes do mal, por meio de seus fracos esforços. O auxílio acha-se ao seu alcance, e será concedido a toda pessoa que realmente o desejar. Anjos de Deus, que sobem e descem a escada que Jacó contemplou em visão, auxiliarão toda pessoa que deseja subir até mesmo ao altíssimo Céu. Eles estão guardando o povo de Deus e vigiando cada passo dado. Os que galgarem o caminho iluminado serão recompensados; entrarão no gozo de seu Senhor. -- Fundamentos da Educação Cristã, 85, 86. Elevado ideal MJ 40 1 Mais elevado do que o supremo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta a estrada de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo do verdadeiro conhecimento. Mas seus esforços se dirigirão a coisas muito mais elevadas que os meros interesses egoístas e temporais, tanto quanto os Céus se acham mais altos do que a Terra. -- Educação, 18, 19. Condutos da graça divina MJ 40 2 Toda pessoa tem o privilégio de ser um conduto vivo, pelo qual Deus pode comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis riquezas de Cristo. Nada há que Cristo mais deseje do que agentes que representem ao mundo Seu Espírito e caráter. Não há nada de que o mundo mais necessite que da manifestação do amor do Salvador, por meio da humanidade. Todo o Céu está à espera de condutos pelos quais possa ser vertido o óleo santo para ser uma alegria e bênção para os corações humanos. -- Parábolas de Jesus, 419. ------------------------Capítulo 7 -- Normas de eficiência MJ 41 1 Graves responsabilidades repousam sobre a juventude. Deus espera muito dos jovens que vivem nesta geração de grande luz e conhecimento. Espera que comuniquem essa luz e conhecimento. Deseja usá-los para dissipar o erro e a superstição que obscurecem a mente de muitos. Devem disciplinar-se, reunindo todo o conhecimento e experiência possíveis. Deus os considera responsáveis pelas oportunidades e privilégios concedidos. A obra à sua frente espera seus fervorosos esforços, para ser levada avante progressivamente, como o tempo vai requerer. MJ 41 2 Se os jovens consagrarem a mente e o coração ao serviço de Deus, alcançarão elevado grau de eficiência e utilidade. É essa a norma que o Senhor espera que eles atinjam. Fazer menos que isso é recusar tirar o maior proveito das oportunidades concedidas por Deus. Isso será considerado traição contra Ele, fracasso na obra para o bem da humanidade. Habilitação para o serviço MJ 41 3 Os que lutam por tornarem-se obreiros de Deus, que ardentemente buscam adquirir a fim de transmitir, constantemente receberão luz divina, para serem condutos de comunicação. Se, como Daniel, rapazes e moças puserem todos os seus hábitos, apetites e paixões em conformidade com as exigências divinas, estarão habilitados para a obra mais elevada. Devem excluir da mente tudo quanto é vulgar e inútil. As tendências para tolices e amor aos prazeres devem ser abandonadas, como estando fora de propósito na vida e na experiência dos que vivem pela fé no Filho de Deus, comem Sua carne e bebem Seu sangue. MJ 42 1 Devem perceber que, embora estejam ao seu alcance todas as vantagens do saber, podem deixar de obter a educação que os habilite para o trabalho em alguma parte da vinha do Senhor. Não podem empenhar-se no serviço de Deus sem as necessárias qualificações de inteligente piedade. Se entregam ao prazer e ao divertimento a preciosa mente que deveria ser fortalecida por elevado e nobre propósito, rebaixam as faculdades que lhes foram conferidas por Deus e são culpados perante Ele, porque deixam de aumentar os talentos através de sábio uso. MJ 42 2 Sua espiritualidade não desenvolvida é uma ofensa a Deus. Mancham e corrompem a mente daqueles com quem se associam. Por suas palavras e atos incentivam descuidosa desatenção a coisas sagradas. Não só põem em perigo sua própria salvação, mas seu exemplo é nocivo a todos com quem entram em contato. São completamente incompetentes para representar a Cristo. Servos do pecado, descuidosos, negligentes e tolos, afastam as pessoas dEle. MJ 42 3 Os que se satisfazem com baixas realizações, deixam de ser colaboradores de Deus. Aos que deixam a mente vagar a esmo -- que é o que fará se não for protegida -- Satanás faz sugestões que lhes encherão tanto a alma que serão treinados em seu exército para enganar outras pessoas. Podem aparentar ser religiosos, ter a forma de piedade; mas são mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Esperteza, não piedade MJ 43 1 Há jovens que têm certa espécie de esperteza, que é reconhecida e admirada pelos companheiros, mas sua habilidade não é santificada. Não é fortalecida nem solidificada pelas graças e provas da experiência, e Deus não a pode usar para benefício da humanidade e glória de Seu nome. Sob o disfarce de piedade, suas faculdades estão sendo usadas para estabelecer falsas normas, e, ao olharem para eles, os não convertidos sentem-se desculpados por causa de seu procedimento errado. Satanás os induz a divertir os companheiros por meio de tolices e coisas consideradas engraçadas. Tudo o que fazem é vulgar; pois estão sob o domínio do tentador, que lhes dirige e molda o caráter, a fim de fazerem sua obra. MJ 43 2 Têm habilidade, mas é indisciplinada; possuem capacidade, mas não cultivada. Foram-lhes dados talentos; mas empregam-nos mal e degradam-nos pela tolice, arrastando outros para seu baixo nível. Cristo pagou o resgate por sua salvação mediante a abnegação, o sacrifício, a humilhação, a desonra e a vergonha que suportou. Fez isso para salvá-los da escravidão do pecado, da pressão de um senhor que só se preocupa com eles enquanto pode usá-los para arruinar pessoas. Mas tornam de nenhum valor para si o amor do Redentor, e Jesus olha com tristeza para sua obra. MJ 43 3 Esses jovens estão diante de uma perda eterna. Como lhes parecerá sua insensata alegria, no dia em que todos receberem do juiz de toda a Terra de acordo com as obras praticadas? Prepararam fundamentos com material inadequado, e o trabalho de toda a sua vida estará absolutamente perdido! MJ 44 1 Oh, quanto melhor é a condição dos que desempenham sua parte no serviço de Deus, buscando de Jesus a aprovação, escrevendo todos os dias em seu diário os enganos, os erros, as tristezas, as vitórias alcançadas sobre a tentação, sua alegria e paz em Cristo! Esses jovens não terão de enfrentar o registro de sua vida com vergonha e terror. -- The Youth's Instructor, 22 de Junho de 1899. O instrumento escolhido MJ 44 2 Nosso reconhecimento de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Devemos reconhecer Sua graça segundo foi dada a conhecer por intermédio dos santos homens da antigüidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelarmos em nós mesmos a atuação de um poder que é divino. Cada indivíduo tem uma vida distinta da de todos os outros, e uma experiência que difere muito da deles. Deus deseja que nosso louvor ascenda a Ele, levando a marca de nossa própria personalidade. -- A Ciência do Bom Viver, 100. ------------------------Capítulo 8 -- Atingindo as alturas MJ 45 1 No aperfeiçoamento do caráter cristão é essencial perseverar em fazer bem. Desejo impressionar nossos jovens com a importância da perseverança e da energia na obra da formação do caráter. É preciso, desde os primeiros anos, tecer no caráter princípios de rigorosa integridade, a fim de que os jovens possam alcançar a mais alta norma como homens e mulheres. Devem sempre conservar diante dos olhos o fato de que foram resgatados por elevado preço, e glorificar a Deus no corpo e no espírito, que Lhe pertencem. ... Progresso diário MJ 45 2 É a obra dos jovens fazer progressos dia a dia. Diz Pedro: "Façam todo o possível para juntar a bondade à fé que vocês têm. À bondade juntem o conhecimento e ao conhecimento, o domínio próprio. Ao domínio próprio juntem a perseverança e à perseverança, a devoção a Deus. A essa devoção juntem a amizade cristã e à amizade cristã juntem o amor. Pois essas são as qualidades que vocês precisam ter. Se vocês as tiverem e fizerem com que elas aumentem, serão cada vez mais ativos e produzirão muita coisa boa como resultado do conhecimento que vocês têm do nosso Senhor Jesus Cristo." 2 Pedro 1:5-8. MJ 45 3 Todos esses passos sucessivos não devem ser conservados diante da mente e contados quando vocês começarem; mas fixando os olhos em Jesus, com a única finalidade de glorificar a Deus, vocês farão progressos. Não podem alcançar em um dia a medida completa da estatura de Cristo, e imergiriam no desespero se pudessem ver todas as dificuldades que devem ser enfrentadas e vencidas. Satanás está a lutar com vocês e, mediante toda armadilha possível, ele procurará desviar sua mente de Cristo. Enfrentando obstáculos MJ 46 1 Precisamos enfrentar todos os obstáculos colocados em nosso caminho, e vencê-los um de cada vez. Se vencermos a primeira dificuldade, estaremos mais fortes para enfrentar a seguinte, e a cada esforço nos tornaremos melhor habilitados para fazer progressos. Olhando para Jesus, podemos tornar-nos vencedores. Fixando os olhos nas dificuldades e recuando da ardente batalha pelo bem, nos tornamos fracos e destituídos de fé. MJ 46 2 Dando um passo após outro, pode-se escalar a mais alta encosta e alcançar afinal o cume do monte. Não se sintam oprimidos pela grande quantidade de trabalho que têm de realizar durante a sua vida, pois não se requer de vocês que o façam todo de uma vez. Apliquem toda faculdade de seu ser ao trabalho de cada dia, aproveitem cada oportunidade preciosa, valorizem o auxílio que Deus dá e avancem degrau a degrau na escada do progresso. Lembrem-se de que devem viver apenas um dia de cada vez, de que Deus lhes deu um dia e de que os registros celestiais mostrarão como avaliaram seus privilégios e oportunidades. Que vocês possam aproveitar cada dia que Deus lhes concede, de maneira a poderem afinal ouvir o Mestre dizer: Muito bem, empregado bom e fiel." Mateus 25:21. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893. ------------------------Capítulo 9 -- Sociedade com Deus MJ 47 1 Vocês têm ao seu alcance mais que possibilidades finitas. O homem, como Deus aplica o termo, é um filho Seu. "Agora nós somos filhos de Deus, mas ainda não sabemos o que vamos ser. Porém sabemos isto: quando Cristo aparecer, ficaremos parecidos com Ele, pois O veremos como Ele realmente é. E todo aquele que tem essa esperança em Cristo purifica-se a si mesmo, assim como Cristo é puro." 1 João 3:2, 3. É nosso privilégio desviar-nos do que é vulgar e inferior e elevar-nos a uma alta norma -- sermos respeitados pelos homens e amados por Deus. MJ 47 2 A atividade religiosa que o Senhor dá aos jovens, e aos homens de todas as idades, mostra Seu respeito por eles como Seus filhos. Dá-lhes a oportunidade de realizarem algo sob sua responsabilidade. Chama-os para participarem com Ele da grande obra de redenção e reerguimento. Como um pai recebe o filho como sócio em seu negócio, assim o Senhor toma Seus filhos como sócios Seus. Somos feitos colaboradores de Deus. Diz Jesus: "Assim como Tu Me enviaste ao mundo, Eu também os enviei." João 17:18. Não prefere você ser filho de Deus a ser servo de Satanás e do pecado, tendo o nome registrado como inimigo de Cristo? MJ 47 3 Os rapazes e as moças precisam mais da graça de Cristo, a fim de poderem introduzir na vida diária os princípios do cristianismo. O preparo para a vinda de Cristo é feito por meio dEle, para o exercício das mais altas qualidades. É o privilégio de todo jovem fazer de seu caráter uma bela estrutura. Há, porém, real necessidade de conservar-se junto a Jesus. Ele é nossa força, eficiência e poder. Nem por um momento podemos confiar no próprio eu. ... Alturas maiores MJ 48 1 Quer sejam grandes quer pequenos os seus talentos, lembre-se de que o que possui apenas lhe pertence em depósito. Assim Deus o está provando, dando-lhe oportunidade de se demonstrar fiel. A Ele deve você toda a sua habilidade. A Ele pertencem suas faculdades do corpo, do espírito e da mente e para Ele devem ser empregadas. Seu tempo, influência, inteligência e habilidades -- de tudo deve dar contas Àquele que dá todas as coisas. Usa melhor seus talentos quem, mediante fervoroso esforço, procura executar o grande plano do Senhor para o reerguimento da humanidade. MJ 48 2 Persevere na obra que iniciou, até alcançar uma vitória após outra. Eduque-se para esse fim. Conserve em vista a mais elevada norma, a fim de realizar maior e ainda maior bem, refletindo assim a glória de Deus. -- The Youth's Instructor, 25 de Janeiro de 1910. MJ 50 1 O exemplo de Cristo mostra que nossa única esperança de vitória está na contínua resistência aos ataques de Satanás. Aquele que triunfou sobre o adversário das almas, no conflito das tentações, compreende o poder de Satanás sobre a raça e o venceu em nosso favor. Como Vencedor, deu-nos Ele a vantagem de Sua vitória, a fim de que, em nossos esforços para resistir às tentações de Satanás, possamos unir nossa fraqueza à Sua força, nossa indignidade aos Seus méritos. E sustidos por Seu paciente poder sob a força da tentação, podemos resistir em Seu nome todo-poderoso, e vencer como Ele venceu. -- The Signs of the Times, 4 de março de 1880. ------------------------Capítulo 10 -- Poderoso inimigo MJ 51 1 O homem caído é, legalmente, cativo de Satanás. A missão de Jesus Cristo foi libertá-lo de seu poder. O homem tem a tendência natural de seguir as sugestões de Satanás e, por si mesmo, não pode resistir com sucesso a tão terrível inimigo, a menos que Cristo, o poderoso Vencedor, nele habite, guiando-lhe os desejos e concedendo-lhe força. Só Deus pode limitar o poder de Satanás. Ele vai de um para outro lado na Terra e anda nela de cima para baixo. Não deixa de observar um único momento, por medo de perder uma oportunidade de destruir almas. É importante que o povo de Deus compreenda isso, a fim de escapar de suas ciladas. Disfarçado MJ 51 2 Satanás está preparando seus enganos para que, na última campanha contra o povo de Deus, não compreendam que é ele. "E isso não é de admirar, pois até Satanás pode se disfarçar e ficar parecendo um anjo de luz." 2 Coríntios 11:14. Embora algumas pessoas iludidas sustentem que ele não existe, Satanás as está aprisionando e, em grande medida, trabalhando por meio delas. Satanás sabe melhor que os filhos de Deus qual o poder que exercem sobre ele, quando sua força está em Cristo. MJ 51 3 Quando humildemente suplicam auxílio do poderoso Conquistador, os mais fracos crentes na verdade, confiando firmemente em Cristo, podem com sucesso repelir Satanás e seus anjos. Ele é muito astuto para se apresentar aberta e ousadamente com suas tentações, pois então se despertariam as adormecidas energias do cristão e ele confiaria no forte e poderoso Libertador. Mas Satanás vem despercebido e, disfarçado, atua através dos filhos da desobediência, que professam piedade. Ele irá até ao limite de seu poder de atormentar, tentar e desencaminhar o povo de Deus. MJ 52 1 Aquele que ousou enfrentar, tentar e acusar nosso Senhor e teve poder para tomá-Lo nos braços e levá-Lo ao pináculo do templo e ao cume de uma montanha muito alta, exercerá seu poder até a um grau admirável sobre a presente geração que, em sabedoria, é muito inferior a Jesus, e quase inteiramente ignorante da sutileza e força de Satanás. MJ 52 2 De maneira espantosa prejudicará ele o corpo dos que naturalmente são inclinados a cumprir o seu mandar. Satanás exulta por amor de si mesmo, ao ser considerado como ficção. Quando menosprezado e representado por alguma ilustração fantasiosa, ou como algum animal, isso lhe agrada bastante. Consideram-no tão inferior que as mentes se acham inteiramente desprevenidas de seus planos sabiamente ideados, e ele quase sempre é bem-sucedido. Se seu poder e sutileza fossem compreendidos, as mentes estariam mais preparadas para resistir-lhe com êxito. ... A batalha em favor de cada pessoa MJ 52 3 Vi anjos maus lutando pelas pessoas e anjos de Deus que lhes resistiam. O conflito era árduo. Anjos maus ajuntavam-se em redor delas, contaminando a atmosfera com sua envenenadora influência e entorpecendo-lhes os sentidos. Santos anjos vigiavam ansiosamente essas pessoas e estavam à espera para afastar o exército de Satanás. Não é, porém, a obra dos anjos bons dominar a mente contra a vontade dos indivíduos. Se se submeterem ao inimigo e não se esforçarem por resistir-lhe, então os anjos de Deus pouco mais podem fazer do que refrear o exército de Satanás, para que não destrua até ser concedida maior luz aos que estão em perigo, a fim de levá-los a despertar e olhar ao Céu em busca de auxílio. Jesus não enviará os santos anjos para livrar os que não fazem esforço para ajudarem a si mesmos. MJ 53 1 Se Satanás vir que está em perigo de perder uma pessoa, se empenhará o máximo possível em conservá-la. E, quando ela é despertada para o perigo e, com angústia e fervor busca de Jesus a força, Satanás teme perder um cativo e pede um reforço de seus anjos para cercar a pobre alma e formar em redor dela uma muralha de trevas, a fim de não poder alcançar a luz do Céu. Mas se o que está em perigo persevera e, em sua impotência e fraqueza, se lança sobre os méritos do sangue de Cristo, Jesus ouve a fervorosa oração da fé e manda para livrá-lo um reforço dos anjos magníficos em poder. MJ 53 2 Satanás não pode suportar que se apele para seu poderoso Rival, pois ele teme e treme diante de Sua [de Cristo] força e majestade. Ao som de fervorosa oração, todo o exército de Satanás treme. ... E quando anjos poderosos, revestidos da armadura do Céu, vêm em auxílio da debilitada e perseguida alma, Satanás e seus anjos retiram-se, pois bem sabem que está perdida a sua batalha. -- The Review and Herald, 13 de Maio de 1862. ------------------------Capítulo 11 -- Características do conflito MJ 54 1 A vontade do homem é ativa e constantemente luta por aplicar todas as coisas a seus fins. Se estiver alistada ao lado de Deus e do bem, aparecerão na vida os frutos do Espírito; e Deus designou "glória, honra e paz a todos os que fazem o bem". Romanos 2:10. MJ 54 2 Quando se permite a Satanás controlar a vontade, ele a usa para realizar seus fins. Instiga teorias de incredulidade e incita o coração humano a guerrear contra a Palavra de Deus. Com persistente e perseverante esforço, procura inspirar os homens com suas próprias energias de ódio e antagonismo contra Deus, e dispô-los em oposição às instituições e exigências do Céu e à atuação do Espírito Santo. Alista sob seu estandarte todas as forças más, e leva-as para o campo de batalha sob seu comando, a fim de opor o mal ao bem. O chamado para opor-se aos poderes do mal MJ 54 3 É a obra de Satanás destronar Deus do coração e moldar a natureza humana à sua própria imagem de deformidade. Estimula todas as más propensões, despertando paixões e ambições profanas. Declara: Dar-lhe-ei todo este poder, estas honras e riquezas e prazeres pecaminosos; suas condições, porém, são que a integridade seja submetida e embotada a consciência. Degrada assim as faculdades humanas e leva-as em cativeiro ao pecado. MJ 55 1 Deus pede aos homens que se oponham aos poderes do mal. Diz Ele: "Não deixem que o pecado domine o corpo mortal de vocês e faça com que vocês obedeçam aos desejos pecaminosos da natureza humana. E também não entreguem nenhuma parte do corpo de vocês ao pecado, para que ele a use a fim de fazer o que é mau. Pelo contrário, como pessoas que foram trazidas da morte para a vida, entreguem-se completamente a Deus, para que Ele use vocês a fim de fazerem o que é direito." Romanos 6:12, 13. MJ 55 2 A vida cristã é uma luta. Mas "nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e os poderes que dominam completamente este mundo de escuridão". Efésios 6:12. Nesse conflito da justiça contra a injustiça, só podemos ser bem-sucedidos através do auxílio divino. Nossa vontade finita precisa ser levada em submissão à vontade do Infinito; a vontade humana deve fundir-se com a divina. Isso trará o Espírito Santo em nosso auxílio; e cada conquista tenderá para o restabelecimento da possessão adquirida de Deus e a restauração de Sua imagem na alma. A ajuda do Espírito Santo MJ 55 3 O Senhor Jesus age por meio do Espírito Santo; pois Este é Seu representante. Por meio dEle, infunde na alma vida espiritual, vivificando as energias para o bem, purificando-a da corrupção moral e habilitando-a para Seu reino. Jesus tem grandes bênçãos a conceder, ricos dons a distribuir entre os homens. É o Maravilhoso Conselheiro, infinito em sabedoria e força; e, se reconhecermos o poder de Seu Espírito e nos sujeitarmos a ser por Ele moldados, estaremos perfeitos nEle. Que pensamento é este! Em Cristo, "como ser humano, está presente toda a natureza de Deus, e, por estarem unidos com Cristo, vocês também têm essa natureza". Colossences 2:9, 10. Nunca o coração humano conhecerá a felicidade até que se submeta a ser moldado pelo Espírito de Deus. O Espírito amolda a pessoa renovada com o Modelo, Jesus Cristo. Mediante a influência do Espírito, a inimizade contra Deus transforma-se em fé e amor, o orgulho em humildade. A pessoa percebe a beleza da verdade, e Cristo é honrado em excelência e perfeição de caráter. Ao efetuarem-se essas mudanças, os anjos se manifestam num hino arrebatador, e Deus e Cristo Se regozijam nas pessoas moldadas à semelhança divina. ... O preço da vitória MJ 56 1 A luta entre o bem e o mal não se tornou menos intensa que nos dias do Salvador. O caminho para o Céu não é mais suave agora do que foi então. Todos os nossos pecados precisam ser renunciados. Toda condescendência acariciada que impeça o progresso espiritual deve ser excluída. Deve ser sacrificado o olho direito, ou a mão direita, se nos fizerem tropeçar. Estamos dispostos a renunciar a nossa própria sabedoria e receber o reino do Céu como uma criancinha? Estamos prontos a desfazer-nos de nossa justiça própria? Prontos a sacrificar a aprovação dos homens? O prêmio da vida eterna é de infinito valor. Estamos dispostos a receber com alegria o auxílio do Espírito Santo e com Ele cooperar, fazendo esforços e sacrifícios proporcionais ao valor do objeto a ser obtido? -- The Review and Herald, 10 de Fevereiro de 1903. ------------------------Capítulo 12 -- Esforço especial de Satanás MJ 57 1 Foi-me mostrado que devemos estar protegidos de todos os lados e resistir perseverantemente às insinuações e artimanhas de Satanás. Ele transformou-se em anjo de luz, e está iludindo e levando cativos a milhares. Tremenda é a vantagem por ele tirada dos conhecimentos da mente humana. Aí, como a serpente, se insinua imperceptivelmente para corromper a obra de Deus. Os milagres e obras de Cristo, ele os torna humanos. MJ 57 2 Se Satanás fizesse um ataque aberto e ousado ao cristianismo, isso levaria o cristão, aflito e angustiado, aos pés do Redentor, e o forte e poderoso Libertador afugentaria o audacioso adversário. Mas Satanás, transformado em anjo de luz, atua sobre a mente para desviar do único caminho seguro e reto. As ciências da frenologia, psicologia e mesmerismo têm sido os condutos pelos quais Satanás se aproximou mais diretamente desta geração, e atuou com o poder que deveria caracterizar sua obra perto do fim do tempo da graça. ... MJ 57 3 Ao aproximarmo-nos do fim do tempo, a mente humana é mais prontamente impressionada pelas artimanhas de Satanás. Ele induz os iludidos mortais a explicarem as obras e milagres de Cristo sobre princípios gerais. Satanás sempre teve a ambição de falsificar a obra de Cristo e estabelecer seu poder e exigências. Em geral, não o faz aberta e ousadamente. É astucioso e sabe que o meio mais eficaz de realizar sua obra é apresentar-se ao pobre homem caído em forma de um anjo de luz. MJ 58 1 Satanás chegou-se a Cristo no deserto em forma de um belo jovem -- mais semelhante a um rei que a um anjo caído. Apresentou-se com a Escritura nos lábios. Disse ele: "Está escrito." O resignado Salvador o enfrentou com a Escritura, afirmando: "Está escrito." Satanás aproveitou-se da fraca e sofredora condição de Cristo. Ele tomou sobre Si a natureza humana. ... Confiança própria é fatal MJ 58 2 Se Satanás pode confundir e iludir a mente humana, levando os mortais a pensarem que há neles um poder inerente para realizar grandes e boas obras, deixam de confiar em Deus para fazer por si o que julgam neles existir por fazer. Não reconhecem um poder superior. Não dão a Deus a glória que Ele exige e que é devida a Sua grande e excelente Majestade. Realiza-se assim o objetivo de Satanás. Ele exulta quando o homem caído vaidosamente exalta a si mesmo, como ele se exaltou no Céu, sendo de lá expulso. Sabe que se o homem se exaltar, sua ruína será tão certa como foi a dele. Destruição da confiança MJ 58 3 Ele fracassou ao tentar a Cristo no deserto. O plano da salvação foi executado. Foi pago o elevado preço para a redenção do homem. E agora Satanás procura despedaçar o alicerce da esperança cristã e volver o espírito dos homens numa direção em que não sejam beneficiados ou salvos pelo grande sacrifício oferecido. Induz o homem caído, mediante "todo tipo de maldade" (2 Tessalonicenses 2:10), a crer que bem pode passar sem o sacrifício expiatório; que não precisa confiar num Salvador crucificado e ressurreto; que os próprios méritos do homem lhe dão direito ao favor de Deus, e destrói então a confiança na Bíblia, bem sabendo que se nisso alcançar êxito e for destruído o instrumento que o assinala, estará seguro. MJ 59 1 Ele imprime na mente a ilusão de que não existe um diabo pessoal, e os que crêem nisso não fazem esforço para resistir e combater o que não existe, e os pobres e cegos mortais finalmente adotam a máxima: "Tudo quanto existe, está direito." Não reconhecem regra alguma para lhes traçar a conduta. Satanás induz muitos a crerem que a oração a Deus é inútil e apenas uma formalidade. Bem sabe quão necessários são a meditação e a oração, a fim de conservar os seguidores de Cristo despertos para lhe resistir à esperteza e aos enganos. Suas artimanhas desviarão a mente desses importantes exercícios, a fim de que a alma não se apóie no Todo-poderoso, em busca de auxílio e dEle obtenha força para lhe resistir aos ataques. ... MJ 59 2 Bem servirá ao seu propósito o negligenciarmos o exercício da oração, pois então suas enganosas maravilhas serão mais prontamente recebidas. Satanás atinge seu objetivo colocando diante do homem suas enganosas tentações, o que ele não pôde conseguir ao tentar a Cristo. Apresenta-se, por vezes, em forma de um belo jovem ou de formosa aparência. Realiza curas e é adorado pelos iludidos mortais como benfeitor de nossa raça. ... Domínio da mente MJ 60 1 Foi-me mostrado que Satanás não pode controlar a mente, a menos que se submeta ao seu domínio. Os que se afastam do bem estão hoje em sério perigo. Separam-se de Deus e da guarda de Seus anjos, e Satanás, sempre alerta para destruir almas, começa a apresentar-lhes seus enganos, e eles se acham no maior perigo. E, se virem os poderes das trevas e procurarem resistir a eles e libertar-se do laço de Satanás, não será coisa fácil. Aventuram-se no terreno de Satanás e ele os reclama como seus. Não hesitará em colocar todas as suas energias e chamar em seu auxílio todo o seu mau exército para arrebatar das mãos de Cristo um único ser humano. MJ 60 2 Os que tentaram o diabo a tentá-los, terão de fazer desesperados esforços para libertar-se de seu poder. Ao começarem a trabalhar por si mesmos, os anjos de Deus a quem entristeceram virão em seu socorro. Satanás e seus anjos não estão dispostos a perder sua presa. Contendem e combatem com os santos anjos, e árduo é o conflito. E, se os que erraram, continuam a suplicar e, em profunda humildade, confessam seus erros, anjos magníficos em poder prevalecerão e os arrebatarão do poder dos anjos maus. Levantada a cortina MJ 60 3 Ao ser levantada a cortina e me ser mostrada a corrupção deste século, meu coração ficou oprimido e quase desmaiei. Vi que os habitantes da Terra estavam enchendo a medida da taça de sua iniqüidade. Está acesa a ira de Deus e não mais se aplacará até que os pecadores sejam destruídos da Terra. MJ 61 1 Satanás é inimigo pessoal de Cristo. É o originador e guia de toda espécie de rebelião no Céu e na Terra. Sua ira aumenta e não compreendemos seu poder. Se nossos olhos pudessem ser abertos para divisarmos os anjos caídos em sua obra com os que se sentem à vontade e se consideram seguros, não nos sentiríamos tão livres de perigos. Anjos maus estão nos perseguindo a todo o momento. Esperamos que os homens maus estejam prontos a agir como Satanás lhes sugere; mas, quando nossa mente estiver desprevenida contra seus invisíveis agentes, eles assumirão novo terreno e realizarão à nossa vista maravilhas e milagres. Estamos nós preparados para resistir-lhes pela Palavra de Deus, a única arma que podemos usar com sucesso? MJ 61 2 Alguns serão tentados a receber essas maravilhas como vindas de Deus. Os doentes serão curados diante de nós. Milagres serão realizados à nossa vista. Estaremos preparados para a prova, quando se exibirem plenamente as enganosas maravilhas de Satanás? Não serão muitas pessoas enlaçadas e tomadas? Formas de erro, afastamento dos claros preceitos e mandamentos de Deus e o dar ouvidos a fábulas, preparam espíritos para as ilusórias maravilhas de Satanás. Todos nós precisamos hoje procurar armar-nos para a luta em que logo nos devemos empenhar. Fé na Palavra de Deus, estudada com oração e aplicada na prática, será nosso escudo contra o poder de Satanás e nos fará sair vencedores mediante o sangue de Cristo. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1862. ------------------------Capítulo 13 -- Tentação não é desculpa MJ 62 1 Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade da mente ou inclinação do coração, que não necessite achar-se a todo o instante sob a direção do Espírito de Deus. Não há uma bênção que Deus confira ao homem, nem uma provação que permita recair sobre ele, de que Satanás não possa e não queira prevalecer-se para tentar, perturbar e destruir a alma, se lhe dermos a menor vantagem. Portanto, por maior que seja a luz espiritual de alguém, por mais que receba do favor e bênção divinos, deve andar sempre humildemente perante o Senhor, rogando pela fé que Deus lhe dirija todo pensamento e domine todo impulso. MJ 62 2 Todos os que professam piedade estão sob a mais sagrada obrigação de guardar o espírito, e exercitar o domínio próprio sob a maior provocação. Os encargos colocados sobre Moisés eram muito grandes; poucos homens serão tão severamente provados como ele foi; contudo, isto não lhe permitiria desculpar o pecado. Deus fez amplas provisões para Seu povo; e, se depositarem confiança em Sua força, jamais se tornarão dependentes das circunstâncias. A tentação mais forte não pode desculpar o pecado. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão é o nosso próprio ato. Não está no poder da Terra nem do inferno obrigar alguém a fazer o mal. Satanás ataca-nos em nossos pontos fracos, mas não é o caso de sermos vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus nos proveu auxílio e em Sua força podemos vencer. -- Patriarcas e Profetas, 421. ------------------------Capítulo 14 -- Fortaleza MJ 63 1 Os que finalmente serão vitoriosos terão em sua vida religiosa ocasiões de terrível dificuldade e provação; não devem, porém, rejeitar a sua confiança, pois isso é parte de sua disciplina na escola de Cristo, e é essencial a fim de ser eliminada toda escória. O servo de Deus deve suportar com ânimo os ataques do inimigo, suas ofensivas provocações, e vencer os obstáculos que Satanás lhe colocará no caminho. MJ 63 2 Satanás procurará desencorajar os seguidores de Cristo, para que não orem nem estudem as Escrituras e lançará no caminho sua odiosa sombra, a fim de ocultar de vista a Jesus e desviar a visão de Seu amor e das glórias da herança celestial. Satanás sente alegria em fazer com que os filhos de Deus andem penosamente, com temor e tremor sob contínua dúvida. Procura tornar o caminho o mais triste possível; mas se, em vez de olhar para baixo, às dificuldades, vocês fixarem o olhar em cima, não desfalecerão no caminho e logo verão que Jesus estende a mão para ajudá-los. Só terão então de dar-Lhe a mão em singela confiança e deixar que Ele os guie. Ao se tornarem confiantes, se tornarão esperançosos. Na força do Senhor MJ 63 3 Jesus é a luz do mundo, e vocês devem moldar a vida de acordo com a dEle. Acharão ajuda em Cristo para a formação de um caráter firme, simétrico e belo. Satanás não pode tornar de nenhum efeito a luz que irradia de um caráter assim. O Senhor tem uma obra para cada um de nós. Ele não toma providência para sermos alimentados pela influência do louvor e elogios humanos; é Seu intento que toda pessoa permaneça na força do Senhor. Deus nos deu Seu melhor dom, sim, Seu Filho unigênito, para, revestindo-nos de Sua própria perfeição de caráter, elevar-nos, enobrecer-nos e habilitar-nos para o lar em Seu reino. Jesus veio ao mundo e viveu como espera que Seus seguidores vivam. Se formos condescendentes com nós mesmos e demasiado lentos para fazer ardente esforço a fim de cooperar com a maravilhosa obra de Deus, encontraremos perda nesta vida e na futura vida imortal. MJ 64 1 É desígnio de Deus que trabalhemos, não de modo desesperançado, mas com firme fé e esperança. Ao examinarmos as Escrituras e sermos iluminados para contemplar a maravilhosa condescendência do Pai ao dar Jesus ao mundo, para que todos os que nEle crêem, não morram mas tenham vida eterna, devemos regozijar-nos com alegria inexprimível e cheia de glória. Tudo quanto podemos alcançar pela educação, Deus quer que usemos para o desenvolvimento da verdade. Da vida, e do caráter deve irradiar verdadeira e vital piedade, a fim de que a cruz de Cristo seja elevada perante o mundo e o valor da alma se revele à luz da cruz. Nossa mente deve abrir-se para compreender as Escrituras, a fim de obtermos poder espiritual, alimentando-nos do pão do Céu. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1890. ------------------------Capítulo 15 -- O templo da alma MJ 65 1 A fiel obediência aos reclamos divinos terá surpreendente influência para elevar, desenvolver e fortalecer todas as faculdades humanas. Os que na juventude se dedicaram ao serviço de Deus revelam-se pessoas de são juízo e aguçado discernimento. E por que não deveria ser assim? A comunhão com o maior Mestre que o mundo já conheceu fortalece o entendimento, ilumina a mente e purifica o coração -- eleva, refina e enobrece o ser todo. "A explicação da Tua Palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples." Salmos 119:130. O ideal de Deus MJ 65 2 Entre os jovens que professam piedade, há uma grande classe que parece contradizer essa afirmação. Não progridem no conhecimento nem na espiritualidade. Suas faculdades definham, em vez de se desenvolver. Mas as palavras do salmista se aplicam ao cristão genuíno. Não é, na verdade, a simples letra da Palavra de Deus que dá luz e entendimento; é a Palavra aberta e aplicada ao coração pelo Espírito Santo. Ao converter-se verdadeiramente, o homem torna-se filho de Deus, participante da natureza divina. Não só o coração é renovado, mas o intelecto é fortalecido e revigorado. Têm havido muitos exemplos de pessoas que, antes da conversão, se julgava possuíssem capacidade medíocre e até inferior, mas depois pareceram inteiramente transformadas. Manifestaram então notável poder para compreender as verdades da Palavra de Deus e para apresentá-las a outros. MJ 66 1 Homens de respeitada intelectualidade têm considerado um privilégio manter comunicação com esses homens. O Sol da justiça, espargindo-lhes na mente seus brilhantes raios, vivificaram toda faculdade para mais vigorosa ação. MJ 66 2 Deus fará uma grande obra pelos jovens se, mediante o auxílio do Espírito Santo, receberem Sua Palavra no coração e lhe obedecerem na vida. Está constantemente procurando atraí-los a Si, a Fonte de toda sabedoria, bondade, pureza e verdade. A mente que se ocupa com temas elevados é enobrecida. Altares profanados MJ 66 3 Os que professam servir a Deus, e contudo não avançam no conhecimento e na piedade, apenas são cristãos de nome. O templo da alma está repleto de altares profanados. Leituras inúteis, conversas fúteis e prazeres mundanos ocupam tão completamente a mente que não fica espaço para a entrada da Palavra de Deus. O mundanismo, a futilidade e o orgulho tomam o lugar que Cristo deve ocupar na alma. ... Degradação pela condescendência MJ 66 4 Os que buscam como seu principal bem a condescendência com o apetite e a paixão, nunca serão homens bons nem verdadeiramente grandes. Embora sejam importantes na opinião do mundo, são baixos, vis e corruptos no conceito de Deus. O Céu ordenou que o sinal de sua depravação lhes seja escrito no próprio semblante. Seus pensamentos são da Terra, terrenos, portanto. Suas palavras revelam o baixo nível da mente. Encheram o coração de maldade e quase apagaram dali a imagem divina. A voz da razão é abafada, e pervertido o juízo. Oh! quão rebaixada se torna toda a natureza humana pela condescendência sensual! Quando a vontade se rende a Satanás, a que profundidade de vício e loucura não descerão os homens! Em vão a verdade apela para o intelecto; pois o coração se opõe a seus puros princípios. -- The Signs of the Times, 1 de Dezembro de 1881. Auxílio na tentação MJ 67 1 Com fé e oração todos podem satisfazer os requisitos do evangelho. Nenhum homem pode ser forçado a transgredir. É preciso primeiro obter seu próprio consentimento; a pessoa tem de propor-se a praticar o ato pecaminoso, antes de a paixão poder dominar a razão, ou a iniqüidade triunfar sobre a consciência. A tentação, por forte que seja, nunca é desculpa para o pecado. "Deus cuida das pessoas honestas e ouve os seus pedidos." Salmos 34:15. Clame ao Senhor, quem está sendo tentado! Basta lançar-se, desamparado, indigno, sobre Jesus, e invocar-Lhe a promessa. O Senhor ouvirá. Ele sabe quão fortes são as inclinações do coração natural, e ajudará em cada ocasião de tentação. MJ 67 2 Você caiu em pecado? Então, sem demora, procure de Deus a misericórdia e o perdão. ... A misericórdia é ainda oferecida ao pecador. O Senhor nos chama em todos os nossos extravios: "Voltem, todos vocês que abandonaram o Senhor, pois Ele vai curar a sua infidelidade." Jeremias 3:22. -- Testemunhos Para a Igreja 5:177. ------------------------Capítulo 16 -- Propriedade de Deus MJ 68 1 Ouvimos por vezes as perguntas: Será que jamais vou poder fazer como me agrada? Não posso seguir meu próprio caminho? Devo sempre ser restringido? Não posso agir de acordo com minhas inclinações? MJ 68 2 Quanto menos seguir as inclinações naturais, tanto melhor será para vocês e para outros. As inclinações naturais foram pervertidas, distorcidas as faculdades naturais. Satanás levou o homem à oposição a Deus. Ele atua continuamente para destruir no homem a imagem divina. Devemos, portanto, colocar uma restrição às nossas palavras e ações. Resultados da consagração completa MJ 68 3 Quando a graça divina toma posse do coração, vê-se que devem ser crucificadas tanto as herdadas como as cultivadas tendências para o mal. Deve começar na pessoa vida nova, sob nova direção. Tudo que se faz, deve ser feito para glória de Deus. Essa obra inclui o homem exterior bem como o interior. O ser todo, corpo, alma e espírito, deve ser levado em sujeição a Deus, para ser por Ele usado como instrumento de justiça. MJ 68 4 O homem natural não se sujeita à lei de Deus; nem em verdade o pode ser por si mesmo. Mas, pela fé, o que foi renovado vive dia a dia a vida de Cristo. Mostra dia a dia que compreende ser propriedade de Deus. MJ 69 1 Corpo e alma pertencem a Deus. Ele deu Seu Filho para redenção do mundo e, por causa disso, foi-nos garantido novo prazo de vida, um tempo de graça para desenvolvermos caráter de perfeita lealdade. Deus nos redimiu da escravidão do pecado e nos tornou possível viver regenerada, transformada vida de serviço. A ele pertencem todas as nossas faculdades MJ 69 2 O selo de Deus está sobre nós. Ele nos comprou e deseja que lembremos que nossas faculdades físicas, mentais e morais Lhe pertencem. Tempo e influência, razão, afeto e consciência são todos de Deus e devem ser usados em harmonia com Sua vontade. Não devem ser usados de acordo com a direção do mundo; pois o mundo está sob um guia que é inimigo de Deus. MJ 69 3 O corpo, o tabernáculo do espírito, pertence a Deus. Seus são todos os tendões, todos os músculos. Em caso algum devemos nós, por negligência ou abuso, enfraquecer um único órgão. Cumpre-nos cooperar com Deus, mantendo o corpo na melhor condição possível de saúde, para que possa ser o templo em que habite o Espírito Santo, moldando, segundo a vontade de Deus, todas as faculdades físicas e espirituais. MJ 69 4 Na mente devem estar armazenados princípios puros. A verdade precisa estar gravada nas tábuas da mente. A memória tem de estar cheia das preciosas verdades da Palavra. Então, como lindas jóias, essas verdades brilharão na vida. O preço de uma pessoa MJ 69 5 O valor que Deus dá à obra de Suas mãos, o amor que tem por Seus filhos, revelam-se na dádiva que fez para redimir o ser humano. Adão caiu sob o domínio de Satanás. Introduziu no mundo o pecado e, pelo pecado, a morte. MJ 70 1 Deus deu Seu Filho único para salvar o homem. Ele fez isso para poder ser justo, e todavia justificador de todo o que aceita a Cristo. O homem vendeu-se a Satanás, mas Jesus resgatou a raça. ... MJ 70 2 Vocês não pertencem a si mesmos. Jesus os comprou com Seu sangue. Não enterrem seus talentos. Usem-nos para Deus. Seja qual for a atividade a que se dediquem, introduzam nela a Jesus. Se acham que estão perdendo o amor ao Salvador, renunciem a sua atividade e digam: "Eis-me aqui, Senhor; que queres que eu faça?" Ele os receberá misericordiosamente e os amará sem reservas. Perdoar-lhes-á abundantemente; pois é misericordioso e paciente, não querendo que ninguém se perca. ... MJ 70 3 Nós, e tudo quanto possuímos, pertencemos a Deus. Não devemos considerar sacrifício dar-Lhe as afeições de nosso coração. O próprio coração Lhe deve ser entregue como oferta voluntária. -- The Youth's Instructor, 8 de Novembro de 1900. Pede-se decisão MJ 70 4 É perigoso deter-nos a considerar as vantagens que poderíamos colher em cedendo às sugestões de Satanás. O pecado resulta em desonra e ruína para toda pessoa que com ele condescende; sua natureza, porém, é de molde a cegar e iludir, e nos atrairá com perspectivas promissoras. Caso nos aventuremos no terreno do inimigo, não teremos garantia alguma de proteção contra o seu poder. Cumpre-nos, no que de nós depender, fechar toda entrada pela qual ele possa encontrar acesso à mente. -- O Maior Discurso de Cristo, 118. ------------------------Capítulo 17 -- A verdadeira conversão MJ 71 1 "Borrifarei água limpa sobre vocês e os purificarei de todos os seus ídolos e de todas as coisas nojentas que vocês têm feito. Eu lhes darei um coração novo e porei em vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra, desobediente, e lhes darei um coração bondoso, obediente." Ezequiel 36:25, 26. MJ 71 2 Muitos que falam a outros da necessidade de um novo coração, não sabem eles próprios o que significam essas palavras. Especialmente os jovens tropeçam nesta expressão: "um coração novo". Ezequiel 36:26. Não sabem o que ela quer dizer. Esperam que se verifique mudança especial em seus sentimentos. A isso chamam conversão. Nesse erro milhares têm tropeçado e se perderam, não compreendendo a frase: "Vocês precisam nascer de novo." João 3:7. Não sentimento, mas vida transformada MJ 71 3 Satanás induz as pessoas a pensarem que, por terem experimentado êxtase de sentimentos, estão convertidas. Mas sua experiência não muda. Seus atos são os mesmos que antes. Sua vida não demonstra bons frutos. Oram freqüente e longamente, e constantemente se referem aos sentimentos que tiveram em tal e tal ocasião. Não vivem, porém, a vida nova. Estão iludidas. Sua experiência não vai além de sentimento. Edificam sobre a areia e, ao soprarem os ventos da adversidade, sua casa é assolada. MJ 72 1 Muitas pobres almas tateiam em trevas, buscando os sentimentos que outros dizem ter tido em sua experiência. Esquecem-se de que o crente em Cristo deve buscar sua própria salvação com temor e tremor. O pecador convicto tem alguma coisa a fazer. Deve arrepender-se e mostrar verdadeira fé. MJ 72 2 Ao falar Jesus do novo coração, refere-Se Ele à mente, à vida, ao ser todo. Ter uma mudança de coração é retirar as afeições do mundo, e uni-las a Cristo. Ter um coração novo é possuir nova mente, novos propósitos, motivos novos. Qual é o sinal de um coração novo? -- A vida transformada. Há um morrer dia a dia, hora a hora, para o egoísmo e o orgulho. A prática da religião genuína MJ 72 3 Alguns cometem grande erro ao supor que professar uma religião elevada substituirá o verdadeiro serviço. Mas a religião que não é prática, não é verdadeira. A verdadeira conversão nos torna estritamente honestos em nosso relacionamento com os semelhantes. Torna-nos fiéis em nosso trabalho diário. Todo sincero seguidor de Cristo demonstrará que a religião bíblica o habilita a usar seus talentos no serviço do Mestre. MJ 72 4 "Trabalhem com entusiasmo e não sejam preguiçosos." Romanos 12:11. Essas palavras se cumprirão na vida de todo verdadeiro cristão. Muito embora seu trabalho pareça cansativo, podem enobrecê-lo pela maneira em que o fazem. Façam-no como para o Senhor. Façam-no alegremente e com dignidade de origem celestial. São os nobres princípios introduzidos no trabalho que o tornam inteiramente aceitável à vista do Senhor. O verdadeiro serviço liga o mais humilde dos servos de Deus, na Terra, ao mais elevado de Seus servos nas cortes celestiais. ... MJ 73 1 Como filhos e filhas de Deus, os cristãos devem esforçar-se por alcançar o elevado ideal perante eles colocado no evangelho. Não se devem contentar com nada menos que a perfeição; pois Cristo diz: "Sejam perfeitos em amor, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no Céu." Mateus 5:48. Vida santificada MJ 73 2 Tornemos a santa Palavra de Deus o nosso estudo, introduzindo em nossa vida seus santos princípios. Andemos diante de Deus em mansidão e humildade, diariamente corrigindo nossas faltas. Não nos separemos de Deus, por meio do orgulho egoísta. Não acariciem um sentimento de elevada supremacia, julgando-se melhores que outros. "Portanto, aquele que pensa que está de pé é melhor ter cuidado para não cair." 1 Coríntios 10:12. Paz e descanso lhes advirão ao submeterem sua vontade à de Cristo. Então o amor de Cristo reinará no coração, levando em cativeiro ao Salvador as secretas fontes de ação. O temperamento precipitado e facilmente exaltado será sensibilizado e subjugado pelo óleo da graça de Cristo. O senso dos pecados perdoados trará a paz que excede todo o entendimento. Haverá ardente esforço para vencer tudo quanto se oponha à perfeição de caráter. Desaparecerá a dissensão. O que outrora encontrava defeitos nos que o rodeiam, verá que muito maiores falhas existem em seu próprio caráter. MJ 73 3 Há os que ouvem a verdade e se convencem de que vivem em oposição a Cristo. São condenados e arrependem-se de suas transgressões. Confiando nos méritos de Cristo, nEle exercendo verdadeira fé, recebem o perdão do pecado. Ao deixarem de fazer o mal e aprenderem a praticar o bem, crescem na graça e no conhecimento de Deus. Vêem que precisam sacrificar-se a fim de separar-se do mundo; e, depois de calcular o custo, consideram tudo como perda se tão-somente puderem ganhar a Cristo. Alistaram-se em Seu exército. Acha-se perante eles a luta e nela entram valorosa e alegremente, combatendo suas inclinações naturais e desejos egoístas, submetendo a vontade à de Cristo. Diariamente buscam do Senhor graça para obedecer-Lhe, e são fortalecidos e ajudados. Isso é verdadeira conversão. Em humilde e grata submissão, o que recebeu um coração novo confia no auxílio de Cristo. Revela na vida os frutos da justiça. Antes amava a si mesmo. Os prazeres mundanos eram sua alegria. Agora o ídolo é destronado e Deus reina supremo. O pecado que antes amava, agora odeia. Firme e resolutamente segue no caminho da santidade. -- The Youth's Instructor, 26 de Setembro de 1901. Cordas de Satanás MJ 74 1 As dores do dever e os prazeres do pecado são as cordas com que Satanás prende os homens em seus armadilhas. Os que preferem morrer a praticar um mau ato, são os únicos que serão achados fiéis. -- Testemunhos Para a Igreja 5:53. ------------------------Capítulo 18 -- Conselhos a uma filha mimada MJ 75 1 Você tem um terrível registro do ano passado, o qual está aberto à vista da Majestade do Céu e dos milhares de puros e imaculados anjos. Seus pensamentos e atos, desesperados e não santificados sentimentos, podem ter sido ocultos aos mortais; lembre-se, porém, de que os mais insignificantes atos de sua vida estão abertos à vista de Deus. Você tem no Céu um relatório manchado. Os pecados que cometeu estão todos lá registrados. MJ 75 2 A desaprovação de Deus está sobre você, e contudo parece insensível; não reconhece sua condição perdida e arruinada. Por vezes você tem sentimento de remorso; mas seu espírito orgulhoso e independente logo se manifesta, e você abafa a voz da consciência. MJ 75 3 Você não é feliz; contudo, imagina que, se tivesse seu próprio caminho livre, seria feliz. Pobre criança! Você ocupa posição idêntica à de Eva, no Éden. Ela imaginava que seria grandemente exaltada se tão-somente comesse do fruto da árvore de que Deus lhe proibira até de tocar, para que não morresse. Comeu-o e perdeu todos os esplendores do Éden. Dominar a imaginação MJ 75 4 Você deve dominar seus pensamentos. Isso não será uma tarefa fácil; você não o conseguirá sem constante e mesmo árduo esforço. No entanto, Deus exige isso de você; é um dever que repousa sobre todo ser responsável. Você é responsável perante Deus pelos seus pensamentos. Se condescender com idéias fúteis, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, você será, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se seus pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. MJ 76 1 Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e demasiadamente perigosos. Uma vez estabelecidos, é quase impossível desfazê-los e dirigir o pensamento para temas puros, santos e elevados. Você deve tornar-se fiel sentinela de seus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiser dominar a mente e impedir que pensamentos fúteis e pervertidos lhe manchem a mente. Só o poder da graça pode realizar essa tão desejável obra. Você é fraca nesse sentido. Dominar as paixões e afeições MJ 76 2 Você tem se tornado teimosa, ousada e atrevida. A graça divina não tem lugar em seu coração. Só mediante a força de Deus você pode colocar-se onde chegará a ser recipiente de Sua graça, instrumento de justiça. Deus requer que domine não só seus pensamentos mas também as paixões e afeições. Sua salvação depende de você se governar nessas coisas. A paixão e a afeição são poderosos agentes. Se mal aplicadas, se colocadas em ação por motivos injustos, se mal empregadas, são poderosas para realizar sua ruína e deixá-la num estado deplorável, sem Deus e sem esperança. MJ 76 3 A imaginação deve ser absoluta e persistentemente dominada, se as paixões e afeições tiverem de tornar-se sujeitas à razão, à consciência e ao caráter. Você se acha em perigo, pois está a ponto de sacrificar seus interesses eternos no altar da paixão. A paixão está obtendo evidente domínio de todo o seu ser. Paixão de que qualidade? De natureza vil e destrutiva. Pela submissão a ela, você amargurará a vida de seus pais, trará tristeza e vergonha a suas irmãs, sacrificará seu próprio caráter e perderá o Céu e a gloriosa vida imortal. Você está pronta a fazer isso? Apelo para que pare onde está. Não avance outro passo em sua conduta teimosa e desenfreada; pois perante você estão a miséria e a morte. A menos que você exerça domínio próprio em relação a suas paixões e afeições, certamente cairá no descrédito dos que a rodeiam e trará sobre seu caráter desonra que durará enquanto viver. MJ 77 1 Você é desobediente aos pais, petulante, ingrata e profana. Essas péssimas características são frutos de árvore má. Você é atrevida. Ama os rapazes e gosta de fazer deles o tema de sua conversação. "Pois a boca fala do que o coração está cheio." Mateus 12:34. Os hábitos tornaram-se poderosos para dominá-la; e você aprendeu a enganar para alcançar seus propósitos e realizar seus desejos. -- Testemunhos Para a Igreja 2:560-562. ------------------------Capítulo 19 -- Benefícios dos conflitos MJ 78 1 Os primeiros trinta anos da vida de Cristo foram passados na ignorada aldeia de Nazaré. Os habitantes dessa aldeia eram conhecidos por sua impiedade, e daí a pergunta de Natanael: "Será que pode sair alguma coisa boa de Nazaré?" João 1:46. Os evangelistas dizem bem pouco com respeito aos primeiros anos da vida de Jesus. Com exceção de um breve registro quanto à Sua ida a Jerusalém, em companhia de Seus pais, só temos a simples declaração: "O Menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus." Lucas 2:40. MJ 78 2 Cristo é nosso exemplo em todas as coisas. Na providência de Deus, a primeira parte de Sua vida foi passada em Nazaré, onde os habitantes tinham um caráter tal que Ele Se achava continuamente exposto às tentações, e era-Lhe necessário guardar-Se, a fim de permanecer puro e imaculado entre tanto pecado e impiedade. Cristo não escolheu por Si mesmo este lugar. O mesmo foi escolhido por Seu Pai celeste -- um lugar em que Seu caráter seria experimentado e provado de várias maneiras. Os primeiros anos de Cristo foram sujeitos a rigorosas provas, durezas e conflitos, para que desenvolvesse o caráter perfeito que O torna um perfeito exemplo para as crianças, os jovens e os adultos. MJ 78 3 As crianças e os jovens são freqüentemente colocados em lugares em que o ambiente não é favorável a uma vida cristã, e eles cedem muito facilmente às tentações, alegando como desculpa para um caminho de pecado um ambiente desfavorável. Cristo preferia afastar-Se e, mediante uma vida de trabalho, conservando as mãos sempre em atividade, não dava oportunidade à tentação, mas mantinha-Se retirado do convívio daqueles cuja influência era prejudicial. Cristo percorreu o mais acidentado caminho que crianças e jovens possam ser chamados a trilhar. Ele não teve uma vida de riqueza e ociosidade. Seus pais eram pobres, dependendo do trabalho diário para a subsistência; a vida de Cristo foi, portanto, de pobreza, abnegação e privações. Partilhou com os pais sua vida de esforçado serviço. A pureza não depende de circunstâncias MJ 79 1 Ninguém será jamais chamado a aperfeiçoar o caráter cristão sob mais desfavoráveis circunstâncias do que o foi nosso Salvador. O fato de haver Cristo vivido trinta anos em Nazaré, de onde muitos julgavam espantoso que pudesse sair alguma coisa boa, constitui uma repreensão aos jovens que imaginam que seu caráter religioso deve conformar-se com as circunstâncias. Se o ambiente dos jovens é desagradável e evidentemente mau, muitos fazem disso uma desculpa para não aperfeiçoar o caráter cristão. O exemplo de Cristo reprovaria a idéia de que Seus seguidores dependam de lugar, fortuna ou prosperidade para viver vida irrepreensível. Cristo lhes ensina que, por mais humilde que seja qualquer lugar ou posição a que a providência de Deus os chame, sua fidelidade os torna honrosos. MJ 79 2 A vida de Cristo destinava-se a mostrar que a pureza, a estabilidade e a firmeza de princípios não dependem de uma vida isenta de sofrimentos, pobreza e adversidade. Cristo suportou sem murmurar as provas e privações de que tantos jovens se queixam. E essa disciplina é exatamente a experiência de que necessitam os jovens, e que lhes dará firmeza ao caráter, tornando-os, como Cristo, fortes de espírito para resistir à tentação. Caso se afastem da influência dos que os fariam extraviar-se e lhes corromperiam a moral, não serão vencidos pelas armadilhas de Satanás. Através de oração diária a Deus, receberão sabedoria e graça para enfrentar a luta e as duras realidades da vida, delas saindo vitoriosos. Fidelidade e serenidade de espírito só podem ser conservadas por meio de atenção e oração. A vida de Cristo foi um exemplo de perseverante firmeza, que não consentiu em se enfraquecer pela reprovação, o ridículo, as privações e dificuldades. MJ 80 1 O mesmo pode acontecer com os jovens. Se as provações aumentam sobre eles, podem saber que Deus lhes está testando e provando a fidelidade. É exatamente assim que manterão sua integridade de caráter sob circunstâncias difíceis, e sua coragem, firmeza e força para resistir aumentarão e se fortalecerão em espírito. -- The Youth's Instructor, Março de 1872. A morte de preferência à desonra MJ 80 2 Prefiram a pobreza, as dificuldades, a separação dos amigos ou qualquer sofrimento, a desonrar o caráter com o pecado. Antes a morte que a desonra ou a transgressão da lei de Deus, deve ser o lema de todo cristão. -- Testemunhos Para a Igreja 5:147. ------------------------Capítulo 20 -- Resistindo à tentação MJ 81 1 Os que são participantes da natureza divina não cederão à tentação. O inimigo está trabalhando com todo o poder para vencer os que se dedicam a viver a vida cristã. Aproxima-se deles com tentações, na esperança de que cederão a elas. Assim espera poder desanimá-los. Mas os que firmaram os pés na Rocha dos séculos não cederão às suas artimanhas. Vão se lembrar de que Deus é seu Pai e Cristo seu Auxiliador. O Salvador veio ao mundo para trazer, a toda alma provada e tentada, força para vencer assim como Ele venceu. Eu conheço o poder da tentação; sei dos perigos que se acham no caminho; mas sei, também, que para os que estão lutando contra a tentação, foi providenciado poder suficiente para qualquer emergência. Evitar tentações desnecessárias MJ 81 2 "Deus cumpre a Sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela." 1 Coríntios 10:13. E nós temos também uma parte a fazer. Não nos devemos pôr, sem necessidade, no caminho da tentação. Deus diz: "Saiam do meio dos pagãos e separem-se deles. Não toquem em nada que seja impuro, e então Eu aceitarei vocês. Eu serei o Pai de vocês, e vocês serão Meus filhos e Minhas filhas." 2 Coríntios 6:17, 18. Se, ao nos unirmos com pessoas do mundo em busca de prazeres, ao estarmos de acordo com as práticas mundanas, ao unirmos os nossos interesses com os descrentes, colocamos os pés no caminho da tentação e do pecado, como poderemos esperar que Deus nos guarde de cair? MJ 82 1 Conservem-se afastados da influência corruptora do mundo. Não vão, sem necessidade, a lugares onde as forças do inimigo estão fortemente entrincheiradas. MJ 82 2 Não vão para onde sabem que serão tentados e desviados. Mas se vocês têm uma mensagem para os incrédulos, e se vivem tão perto de Deus que lhes podem falar uma palavra em tempo oportuno, poderão então fazer uma obra que os ajudará e honrará a Deus. "Não peço que os tires do mundo", disse Jesus, "mas que os guardes do maligno." João 17:15. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1904. O dever acima da inclinação MJ 82 3 Quando os jovens tentam desligar-se do domínio de Satanás, ele redobra suas tentações. Tomando vantagem de sua ignorância e inexperiência, procura confundir a distinção entre o bem e o mal. Transforma-se em anjo de luz e atrai com promessas de prazeres para o caminho proibido. Se os jovens formaram o hábito de seguir a inclinação em vez do dever, acharão muito difícil resistir à tentação. Não vêem o perigo que há em ceder, mesmo uma só vez, aos prazeres proibidos. As sugestões de Satanás despertarão todos os elementos de maldade que estão adormecidos no coração. -- The Signs of the Times, 19 de Janeiro de 1882. ------------------------Capítulo 21 -- O engano do pecado MJ 83 1 Coisa alguma é mais perigosa que o engano do pecado. É o deus deste mundo que ilude e cega, e conduz à destruição. Satanás não apresenta imediatamente suas tentações como são. Disfarça-as com um aspecto de bem. Mistura aos divertimentos e extravagâncias algumas coisas proveitosas, e as pessoas iludidas apresentam como desculpa o grande bem que elas proporcionam. Essa é simplesmente a parte enganadora. São as infernais artes do inimigo mascaradas. A pessoa seduzida dá um passo, ficando então preparada para dar o seguinte. É tão mais agradável seguir as inclinações do próprio coração que ficar na defensiva, resistir à primeira insinuação do astuto inimigo, e assim impedir suas primeiras entradas! MJ 83 2 Oh! como Satanás observa para ver seus enganos prontamente aceitos, e os homens seguindo exatamente os caminhos por ele preparados! Ele não quer que deixem de orar e manter uma forma de deveres religiosos; pois assim os pode tornar mais úteis em seu serviço. Mistura seus enganos e os ilusórios laços com a experiência e profissão de fé deles, promovendo assim admiravelmente sua própria causa. Exame de consciência MJ 83 3 Há grande necessidade de um profundo exame de consciência, à luz da Palavra de Deus: Que cada um faça a pergunta: Sou correto ou corrupto de coração? Estou renascido em Cristo, ou tenho ainda coração carnal, com nova roupagem exterior? Apresentem-se ante o tribunal de Deus e vejam se, à luz divina, possuem qualquer pecado secreto, qualquer maldade, qualquer ídolo que não sacrificaram ainda. Orem, sim, orem como nunca antes oraram, para que não sejam iludidos pelos artifícios de Satanás; para que não se entreguem a um espírito irrefletido, descuidado e vão. MJ 84 1 Um dos pecados que constituem um dos sinais dos últimos dias, é que professos cristãos são mais amantes dos prazeres do que de Deus. Tratem sinceramente com seu coração. Examinem cuidadosamente. Quão poucos são os que, depois de um exame fiel, podem olhar para o céu e dizer: "Eu não sou desses que aí se acham descritos. Eu não amo os prazeres mais do que a Deus!" Quão poucos podem dizer: "Estou morto para o mundo; a vida que agora vivo, vivo-a na fé do Filho de Deus. Minha vida está escondida com Cristo em Deus, e quando aparecer Aquele que é minha vida, eu também aparecerei com Ele em glória"! Gálatas 2:20. MJ 84 2 O amor e a graça de Deus! Oh, preciosa graça! mais preciosa do que ouro fino. Ela eleva e enobrece o espírito além de todos os outros princípios. Dirige o coração e as afeições para o Céu. Enquanto os que nos cercam se dedicam a vaidades mundanas, à busca de prazeres e à loucura, nossa conversa trata de coisas do Céu, de onde aguardamos o Salvador; a alma busca a Deus, pedindo-Lhe perdão e paz, justiça e verdadeira santidade. A conversa com Deus e a contemplação das coisas de cima transformam a pessoa à semelhança de Cristo. -- The Review and Herald, 11 de Maio de 1886. ------------------------Capítulo 22 -- Advertência contra o ceticismo MJ 85 1 Sinto a mais intensa angústia por causa de nossos jovens. Como alguém que conhece o perigo, advirto-lhes a não cair na armadilha de Satanás mediante o pequeno conhecimento de ciência que possam haver adquirido. É melhor um coração puro e humilde do que todo o conhecimento que lhes seja possível adquirir sem o temor do Senhor. MJ 85 2 Os jovens de hoje estão sujeitos a encontrar céticos e incrédulos aonde quer que forem, e quão necessário é que se achem preparados para informar, com mansidão e temor, a razão da esperança que possuem! Tomás Paine desceu ao túmulo, mas suas obras vivem ainda para trazer maldição sobre o mundo, e os que duvidam da veracidade da Palavra de Deus colocarão as produções desse incrédulo nas mãos do jovem e inexperiente, para lhe encher o coração da venenosa atmosfera da dúvida. O espírito de Satanás atua por meio de homens ímpios para lhe levarem avante os planos para ruína das pessoas. Convívio com os céticos MJ 85 3 Vivemos numa época de licenciosidade, e homens e jovens são ousados no pecado. A menos que nossos jovens sejam religiosamente guardados, a não ser que sejam fortalecidos com firmes princípios, que um cuidado maior seja manifesto na escolha de suas companhias e das leituras que lhes alimentam a mente, se encontrarão expostos a uma sociedade cuja moral é corrupta como a dos habitantes de Sodoma. A aparência do povo do mundo pode ser muito atrativa, mas se estão continuamente lançando insinuações contra a Bíblia, são companheiros perigosos, pois sempre buscarão destruir os fundamentos da fé de vocês, corromper a consciência da antiga religião evangélica. MJ 86 1 Muitas vezes os jovens entram em contato com os que têm tendências céticas, e os pais ignoram isso até que a terrível obra do mal se acha consumada, e o jovem fica arruinado. Os jovens devem ser cuidadosamente instruídos, para que não sejam enganados quanto ao verdadeiro caráter dessas pessoas, e não formem amizades com essa classe, ou lhes escutem as palavras de zombaria e engano. A menos que os nossos jovens possuam valor moral para cortar suas ligações com tais pessoas ao lhes descobrirem a incredulidade, serão enlaçados, pensando e falando como seus companheiros, referindo-se levianamente à religião e à fé da Bíblia. Confiança própria e cegueira MJ 86 2 Fossem abertos os olhos dos iludidos jovens, e eles veriam o exultante olhar de Satanás diante de seu sucesso em arruinar almas. Por todos os meios possíveis, procura ele adaptar suas tentações às várias disposições e circunstâncias daqueles a quem deseja envolver. Experimentará todos os truques, e se os alvos dessas tentações não buscarem a Deus, serão cegados por seus enganos, ficarão confiantes em si mesmos, presunçosos e na ignorância de sua condição e perigo. Chegarão em breve a desprezar a fé uma vez dada aos santos. MJ 87 1 Falo aos jovens como uma pessoa que sabe, uma pessoa a quem o Senhor tem manifestado os perigos que se encontram em seu caminho. A confiança própria os conduzirá às armadilhas do inimigo. Os jovens não pedem conselhos a Deus nem fazem dEle seu refúgio e fortaleza. Penetram na sociedade com toda a segurança, confiantes de que são inteiramente capazes de escolher o direito e compreender mistérios divinos, em virtude de suas faculdades de raciocínio, como se lhes fosse possível por si mesmos descobrir a verdade. MJ 87 2 Tememos mais pelos que confiam em si mesmos do que por quaisquer outros, pois serão com certeza envolvidos na rede do grande inimigo de Deus e do homem. Algum companheiro escolhido como amigo familiar, e que foi contaminado com a corrupção da dúvida, instilará seu fermento de incredulidade na mente dessa classe. Através de baixa lisonja de seu talento, sua superioridade intelectual, incitando neles a ambição de altas posições, conquistam-lhes a atenção, sobrevindo-lhes definhamento moral. Os que são exaltados em sua própria opinião vêm a desprezar o sangue do Sacrifício Expiatório, e ofenderão o Espírito da graça. MJ 87 3 Os filhos dos observadores do sábado, que têm recebido grande luz, que têm sido objeto da mais terna solicitude, podem ser os que venham a deixar uma herança de vergonha, que semearão ventos e colherão tempestades. No juízo, os nomes dos que têm pecado contra grande luz serão escritos com os que são condenados a serem separados da presença do Senhor e da glória de Seu poder. Estarão perdidos, perdidos, e serão classificados com os desprezadores da graça de Cristo. MJ 88 1 Preferiria ver meus filhos baixarem à sepultura a vê-los seguir o caminho que conduz à morte. O terrível fato de haver eu criado filhos para combater contra o Deus do Céu, para aumentar as fileiras dos apóstatas nos últimos dias, para marchar sob a negra bandeira de Satanás, seria para mim um pensamento verdadeiramente horroroso. Valor moral MJ 88 2 Nossos jovens enfrentarão tentações de todo tipo, e devem ser educados de tal maneira que confiem em um poder superior, um mais alto ensino, do que os que podem ser dados por mortais. Há desprezadores de nosso Senhor por toda a parte, os quais lançam habitualmente desdém sobre o cristianismo. Classificam-no como brinquedo de crianças, inventado para enganar os crentes ignorantes? MJ 88 3 Os que não possuem força moral não podem ficar firmes na defesa da verdade; não têm coragem para dizer: "A menos que se mude o assunto, não me é possível permanecer em sua companhia. Jesus, o Redentor do mundo, é meu Salvador, nEle se concentra minha esperança de vida eterna." Mas esse é justamente o meio de os fazer calar. Se discutirem com eles, vão ter argumentos com que os enfrentar, e nada do que disserem os moverá; mas, se viverem para Cristo, se forem firmes em seu concerto com o Deus do Céu, poderão fazer por eles aquilo que os argumentos não conseguiriam, convencendo-os, pelo poder da piedade, do engano de suas doutrinas. MJ 88 4 Não há mais triste espetáculo que o daqueles que foram comprados pelo sangue de Cristo, que foram dotados de talentos com que glorifiquem a Deus, zombando das mensagens graciosamente a eles enviadas no Evangelho, negando a divindade de Cristo, e confiando em seu próprio finito raciocínio, e em argumentos destituídos de qualquer base. Quando provados por aflições, quando levados em face da morte, todos esses enganos que têm alimentado se desfarão como a geada em presença do sol. MJ 89 1 Quão terrível é achar-se junto ao caixão de alguém que rejeitou os apelos da misericórdia divina! Quão terrível dizer: Aqui está uma existência perdida! Aqui está alguém que poderia ter atingido o mais elevado padrão e alcançado a vida imortal, mas entregou sua vida a Satanás, ficou enlaçado pelas filosofias inúteis dos homens e tornou-se um brinquedo do maligno! A esperança do cristão é como uma âncora para a alma, segura e firme, e penetra para além do véu, onde Cristo, o Precursor, entrou por nós. Temos uma obra individual a fazer em preparar-nos para os grandes acontecimentos que se acham diante de nós. Aproxima-se a tempestade MJ 89 2 Os jovens devem buscar mais fervorosamente a Deus. Aproxima-se a tempestade e precisamos aprontar-nos para sua fúria mediante arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo. O Senhor Se levantará para sacudir terrivelmente a Terra. Veremos aflições por todos os lados. Milhares de navios serão arremessados para as profundezas do mar. Esquadras serão afundadas, sacrificando milhões de vidas humanas. Irromperão inesperadamente incêndios que nenhum esforço humano será capaz de extinguir. Os palácios da Terra serão varridos pela fúria das chamas. Tornar-se-ão mais e mais freqüentes os desastres de estrada de ferro; confusão, colisões e morte sem um momento de advertência ocorrerão nas grandes vias de comunicação. O fim está perto, a graça está a terminar. Oh! busquemos a Deus enquanto Se pode achar, invoquemo-Lo enquanto está perto! Diz o profeta: "Voltem para Deus todos os humildes deste país, todos os que obedecem às leis de Deus. Façam o que é direito e sejam humildes. Talvez assim vocês escapem do castigo no dia da ira do Senhor." Sofonias 2:3. -- The Signs of the Times, 21 de Abril de 1890. Dependência diária de Deus MJ 90 1 Ao se levantarem pela manhã, acaso experimentam o senso de sua impotência, sua necessidade de forças vindas de Deus? Humilde e sinceramente expõem vocês suas necessidades ao Pai celeste? Se assim for, os anjos anotam-lhes as orações, e se elas não partirem de lábios fingidos, quando estiverem em risco de errar inconscientemente, de exercer uma influência que leve outros a errar, seu anjo da guarda estará ao seu lado, impulsionando-os a seguir melhor direção, escolhendo as palavras para proferirem e influenciando-lhes as ações. MJ 90 2 Se não se sentem em perigo, e se não fazem alguma prece em busca de auxílio e força para resistir às tentações, é certo se extraviarem; sua negligência do dever será registrada nos livros de Deus no Céu, e serão achados em falta no dia da provação. -- Testemunhos Selectos 1:347, 348. ------------------------Capítulo 23 -- Um ponto fraco MJ 91 1 Talvez nos orgulhemos de estar isentos de muitas coisas de que outros são culpados; mas se temos alguns pontos fortes no caráter, e apenas um ponto fraco, existe ainda comunhão entre o pecado e a alma. O coração está dividido em seu serviço, e diz: "Um pouco do eu e um pouco de Ti." O filho de Deus deve descobrir o pecado que tem alimentado e com que tem condescendido, e deixar que Deus o tire do seu coração. Precisa vencer aquele único pecado; pois isso não é sem importância aos olhos de Deus. MJ 91 2 Diz alguém: "Não sou nem um pouco ciumento, mas fico irritado e digo coisas ruins, se bem que sempre me arrependa depois que me deixo vencer pelo temperamento." Outro diz: "Eu tenho esta ou aquela falta, mas também desprezo tal e tal baixeza que vejo na vida de certa pessoa de minhas relações." O Senhor não nos deu uma lista de pecados graduados, de maneira que avaliemos uns como de pouca importância, dizendo que não causam senão pequeno mal, ao passo que outros são de maior importância e produzirão muito dano. MJ 91 3 Uma corrente não é mais forte que seu elo mais fraco. Poderíamos considerar a corrente boa no todo, mas se um elo é fraco, não se pode confiar nela. A obra de vencer deve ser o estudo de toda pessoa que entra no reino de Deus. Aquela palavra impaciente que lhes treme nos lábios deve deixar de ser proferida. Aquele pensamento de que seu caráter não é devidamente apreciado deve ser expulso de vocês; pois lhes enfraquece a influência, produzindo o seguro resultado, tornando-os de menos estima na mente dos outros. Vocês devem vencer a idéia de que são mártires, e valer-se da promessa de Cristo, que diz: "A Minha graça é tudo o que você precisa." 2 Coríntios 12:9. -- The Review and Herald, 1 de Agosto de 1893. O domínio dos pensamentos MJ 92 1 Vocês devem conservar-se afastados do terreno encantado de Satanás, e não permitir que a mente se desvie da fidelidade para com Deus. Por meio de Cristo vocês podem e devem ser felizes e adquirir hábitos de domínio próprio. Até seus pensamentos devem ser submetidos à vontade de Deus, e seus sentimentos submetidos ao domínio da razão e da religião. A imaginação não lhes foi dada para que se lhe permitisse correr desenfreada de acordo com sua vontade, sem nenhum esforço para restringi-la ou discipliná-la. Se os pensamentos forem maus, maus serão também os sentimentos; e os pensamentos e os sentimentos, combinados, constituem o caráter moral. Quando julgam que, como cristãos, não lhes é requerido restringir os pensamentos e sentimentos, são levados sob a influência dos anjos maus, e convidam a sua presença e o seu domínio. Se cederem às suas impressões e permitirem que os pensamentos sigam o rumo da desconfiança, da dúvida, dos lamentos, vocês se acharão então entre os mais infelizes dos mortais, e a vida se demonstrará um fracasso. -- Testemunhos Para a Igreja 5:310. MJ 94 1 Nada é, na aparência, mais impotente e, no entanto, realmente mais invencível, que a alma que sente não ser nada e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Deus enviaria todos os anjos do Céu em auxílio de uma alma tal, de preferência a permitir que fosse vencida. -- Testimonies, vol. 7, pág. 17.Nada é, na aparência, mais impotente e, no entanto, realmente mais invencível, que a alma que sente não ser nada e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Deus enviaria todos os anjos do Céu em auxílio de uma alma tal, de preferência a permitir que fosse vencida. -- Testimonies, vol. 7, pág. 17. ------------------------Capítulo 24 -- Para frente e para cima! MJ 95 1 Quem me dera poder pintar a beleza da vida cristã! Começando com a manhã da vida, dirigido pelas leis da natureza e de Deus, o cristão prossegue sempre para frente e para cima, dia a dia aproximando-se mais de seu lar celeste, onde o aguardam a coroa da vida e um novo nome, "que ninguém conhece, a não ser quem o recebe". Apocalipse 2:17. Constantemente cresce em felicidade, santidade, utilidade. O progresso de cada ano supera o do ano anterior. MJ 95 2 Deus deu aos jovens uma escada pela qual devem subir -- escada que vai da Terra ao Céu. No topo dessa escada está Deus e sobre cada degrau incidem os brilhantes raios de Sua glória. Ele está a vigiar sobre os que estão subindo, pronto para, quando a mão enfraquecer e os passos hesitarem, mandar auxílio. Sim, digam com palavras cheias de ânimo, que nenhum dos que perseverantemente subir a escada deixará de entrar na cidade celestial. MJ 95 3 Satanás apresenta aos jovens muitas tentações. Está jogando com eles o jogo da vida, para ganhar sua alma, e nenhum meio deixa de empregar para os atrair e arruinar. Mas Deus não os deixa a lutar sem ajuda contra o tentador. Têm um Ajudador todo-poderoso. MJ 95 4 Muito mais forte que seu inimigo é Aquele que neste mundo, e em natureza humana, enfrentou e venceu a Satanás, resistindo a todas as tentações que assediam hoje os jovens. Ele é seu Irmão mais velho. Sente por eles profundo e terno interesse. Vigia-os em constante cuidado, e alegra-Se quando procuram agradar-Lhe. Quando oram, Ele mistura com essas orações o incenso da Sua justiça, oferecendo-as a Deus como um sacrifício fragrante. Em Seu poder, os jovens podem suportar as dificuldades como bons soldados da cruz. Fortalecidos com o Seu poder, são habilitados a alcançar os altos ideais que lhes estão em frente. O sacrifício feito sobre o Calvário é a garantia de Sua vitória. Deus não é irrazoável MJ 96 1 A igreja de Deus compõe-se de vasos grandes e pequenos. O Senhor não exige nada que não seja razoável. Não espera que os vasos pequenos comportem a mesma quantidade dos grandes. Espera o retorno de acordo com o que o homem possui, não de acordo com o que não possui. Façam o melhor que podem, e Deus aceitará seus esforços. Assumam o dever que mais perto lhes fica, e cumpram-no com fidelidade, e sua obra será perfeitamente aceitável ao Mestre. No desejo de fazer alguma coisa grande, não passem por alto as tarefas pequeninas. MJ 96 2 Tenham cuidado em não negligenciar a oração particular e o estudo da Palavra de Deus. Estas são suas armas contra aquele que está procurando impedir seu progresso espiritual. A primeira negligência da oração e do estudo bíblico torna mais fácil a segunda negligência. A primeira resistência aos pedidos do Espírito prepara o caminho para a segunda resistência. Assim se endurece o coração e a consciência se torna insensível. MJ 96 3 Por outro lado, cada resistência à tentação torna mais fácil a resistência. Cada ato de abnegação torna mais fácil a abnegação. Cada vitória alcançada prepara o caminho para nova vitória. Cada resistência à tentação, cada renúncia, cada triunfo sobre o pecado, é uma semente lançada para a vida eterna. Cada ato abnegado dá nova força à espiritualidade. Ninguém pode procurar ser semelhante a Cristo sem ir se tornando cada vez mais nobre e mais verdadeiro. Desenvolver a confiança MJ 97 1 O Senhor reconhecerá cada esforço que fazem por alcançar o Seu ideal para com vocês. Quando cometem um erro, quando são traídos em pecado, não julguem que não poderão orar, que não são dignos de vir perante o Senhor. "Meus filhinhos, escrevo isso a vocês para que não pequem. Porém, se alguém pecar, temos Jesus Cristo, que faz o que é correto; Ele nos defende diante do Pai." 1 João 2:1. Com os braços abertos aguarda o filho pródigo e o acolhe. Vão até Ele, e falem-Lhe acerca dos seus erros e fracassos. Peçam-Lhe que os fortaleça para de novo empreenderem a luta. Ele nunca os decepcionará, nunca trairá sua confiança. MJ 97 2 As provações sobrevirão a vocês. Assim é que o Senhor refina a rudeza de seu caráter. Não murmurem. Lamentando-se, tornam mais difícil a provação. Honrem a Deus com alegre submissão. Suportem pacientemente a pressão. Ainda que lhes tenha sido feito algum mal, conservem o amor de Deus no coração. "Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras. Afastem-se do mal e façam o bem; procurem a paz e façam tudo para alcançá-la. Deus cuida das pessoas honestas e ouve os seus pedidos." Salmos 34:13-15. MJ 97 3 "Guarda-te de dar passos desesperados; espera até amanhã e mesmo o dia mais escuro se terá aclarado." "Fiquem tranqüilos e confiem em Mim, e Eu lhes darei a vitória." Isaías 30:15. Cristo conhece a força das suas tentações e o poder que vocês têm para resistir. Sua mão está sempre estendida, em piedosa ternura, para todo filho que sofre. Ao tentado, ao desanimado, diz Ele: Filho, por quem Eu sofri e morri, não pode confiar em Mim? "A tua força será como os teus dias." Deuteronômio 33:25 (ARC). MJ 98 1 "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará." Salmos 37:5 (ARC). Será para vocês como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta. Diz Ele: "Venham a Mim, ... e Eu lhes darei descanso" (Mateus 11:28, 29) -- descanso que o mundo não pode dar nem tirar. MJ 98 2 As palavras são impotentes para descrever a paz e a alegria possuídas por aquele que se apega à Palavra de Deus. As provações não o perturbam, o desprezo não o aflige. O eu está crucificado. Dia a dia podem se tornar mais pesados os seus deveres, suas tentações mais fortes, mais rigorosas as suas provações; ele, porém, não vacila; pois recebe força proporcional à sua necessidade. -- The Youth's Instructor, 26 de Junho de 1902. O preço da vitória MJ 98 3 Cristo sacrificou tudo pelo homem, a fim de lhe tornar possível alcançar o Céu. Pertence agora ao homem caído mostrar o que, por sua parte, sacrificará por amor de Cristo, de modo a poder conquistar a coroa imortal. Os que possuem um justo senso de magnitude da salvação e de seu valor nunca murmurarão por terem de semear em lágrimas e porque a luta e a renúncia sejam a parte do cristão nesta vida. -- The Signs of the Times, 4 de Março de 1880. ------------------------Capítulo 25 -- O aperfeiçoamento do caráter MJ 99 1 Cristo, porém, não nos deu garantia alguma de que é fácil alcançar perfeição de caráter. Não se herda caráter perfeito e nobre. Não o recebemos por acaso. O caráter nobre é ganho por esforço individual mediante os méritos e a graça de Cristo. Deus dá os talentos e as faculdades mentais; nós formamos o caráter. É formado por batalhas difíceis e árduas com o próprio eu. Conflito após conflito deve ser travado contra as tendências herdadas. Devemos examinar nosso interior cuidadosamente e não permitir que permaneça traço algum incorreto. MJ 99 2 Ninguém diga: Não posso remediar meus defeitos de caráter. Se chegarem a esta decisão, certamente deixarão de alcançar a vida eterna. A impossibilidade está em nossa própria vontade. Se não quiserem não vencerão. A dificuldade real vem da corrupção de um coração não santificado e do desejo de não se submeter à direção de Deus. Estabelecer alvo elevado MJ 99 3 Muitos a quem Deus capacitou para fazer trabalho excelente, pouco conseguem, porque pouco empreendem. Milhares passam esta vida como se não tivessem alvo definido pelo qual viver, nem norma para alcançar. Estes receberão recompensa proporcional às suas obras. MJ 100 1 Lembrem-se de que nunca alcançarão mais elevada norma que a que se propuserem. Estabeleçam, pois, um alvo elevado, e passo a passo, embora com esforços dolorosos, abnegação e sacrifício, subam até ao topo a escada do progresso. Que nada os impeça. O destino não teceu tão firmemente suas redes ao redor de qualquer homem, que precisasse permanecer desamparado e na incerteza. Circunstâncias adversas devem criar a firme determinação de vencê-las. A transposição de um obstáculo dará maior capacidade e ânimo para avançar. Insistam com resolução na direção correta, e então as circunstâncias serão suas auxiliares, não empecilhos. Cultivar toda virtude do caráter MJ 100 2 Almejem cultivar toda virtude do caráter para a glória do Mestre. Devem agradar a Deus em cada aspecto da formação do caráter. Isso vocês podem fazer, porque Enoque Lhe agradou, embora vivesse num século degenerado. E há Enoques em nosso tempo. MJ 100 3 Sejam como Daniel, aquele fiel estadista, homem que nenhuma tentação podia corromper. Não desapontem Aquele que tanto os ama, que deu Sua vida para cancelar seus pecados. Ele diz: "Sem Mim vocês não podem fazer nada." João 15:5. Lembrem-se disso. Se tiverem cometido erros, certamente alcançarão a vitória ao reconhecerem estes erros e os considerarem farol de advertência. Assim transformarão a derrota em vitória, desapontando o inimigo e honrando seu Redentor. MJ 100 4 O caráter formado segundo a semelhança divina é o único tesouro que deste mundo podemos levar para o futuro. Aqueles que nesta vida estão sob a instrução de Cristo, levarão consigo, para as mansões celestes, todo aprendizado divino. E no Céu deveremos progredir continuamente. Que importância tem, pois, nesta vida, o desenvolvimento do caráter! Ordens que são promessas MJ 101 1 Os seres celestiais cooperarão com o agente humano que procura com fé decidida a perfeição de caráter que se manifeste na ação perfeita. A todo que se empenha nesta obra, Cristo diz: Estou à sua direita, para auxiliá-lo. MJ 101 2 Colaborando a vontade do homem com a de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser feito a Seu mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras. -- Parábolas de Jesus, 332, 333. Contínua dependência MJ 101 3 Os que deixam de compreender sua contínua dependência de Deus serão vencidos pela tentação. Podemos imaginar agora que nosso pé se acha firme e jamais seremos abalados. Podemos dizer com confiança: "Eu sei em quem tenho crido"; coisa alguma pode abalar minha confiança em Deus e Sua Palavra. Mas Satanás está planejando aproveitar-se de nossos traços de caráter hereditários e cultivados, e cegar-nos os olhos para nossas necessidades e defeitos. Unicamente compreendendo a própria fraqueza e olhando firmemente para Jesus podemos caminhar com segurança. -- O Desejado de Todas as Nações, 382. ------------------------Capítulo 26 -- O combate da fé MJ 102 1 Muitos dos jovens não têm como princípio permanente o servir a Deus. Desanimam sob qualquer nuvem e não têm poder de resistência. Não crescem na graça. Parecem guardar os mandamentos de Deus, mas não estão sujeitos à Sua lei, nem em verdade podem estar. Seu coração carnal tem de ser mudado. Têm de ver beleza na santidade: então anelarão por ela como o cervo pelas correntes das águas; então amarão a Deus e a Sua lei; o jugo de Cristo será suave, e o Seu fardo leve. MJ 102 2 Se seus passos forem ordenados pelo Senhor, queridos jovens, não devem esperar sempre um caminho de paz e prosperidade exteriores. A estrada que leva ao dia eterno não é a mais fácil de trilhar, parecendo por vezes escura e espinhosa. Tenham, porém, a certeza de que os eternos braços de Deus os circundam para protegê-los do mal. Ele quer que exerçam fervorosa fé nEle, e nEle aprendam a confiar tanto nas sombras como na luz. Fé viva MJ 102 3 O seguidor de Cristo precisa ter no coração fé perseverante; pois sem ela é impossível agradar a Deus. A fé é a mão que se apega ao auxílio infinito; é o meio pelo qual o coração renascido é levado a pulsar em uníssono com o coração de Cristo. MJ 103 1 Em seu esforço por atingir o ninho, a águia é muitas vezes abatida pela tempestade nos estreitos desfiladeiros das montanhas. As nuvens, em massas negras e iradas, permanecem entre ela e as alturas batidas pelo sol, em que se encontra o seu ninho. Por algum tempo fica aturdida, seguindo ora este ora aquele rumo, batendo as fortes asas como se quisesse afastar as densas nuvens. Desperta os pombos das montanhas, com seus gritos selvagens, em seus vãos esforços por encontrar saída de sua prisão. Por fim, precipita-se para o alto, para dentro das nuvens negras, e dá um estridente grito de triunfo ao emergir, um momento depois, na calma luz do sol acima. As trevas e a tempestade estão abaixo, e a luz do céu brilha ao seu redor. Alcança o ninho amado, no alto rochedo, e está satisfeita. Foi através das trevas que alcançou a luz. Custou-lhe esforço, mas está recompensada, alcançando o objeto desejado. MJ 103 2 Este é o único procedimento que nós, como seguidores de Cristo, podemos adotar. Precisamos exercer essa fé viva, que penetrará as nuvens que, como grossa muralha, nos separam da luz do Céu. Temos alturas de fé a alcançar, onde tudo é paz e alegria no Espírito Santo. Conflito sem fim MJ 103 3 Vocês já observaram um falcão a perseguir uma tímida pomba? O instinto ensinou à pomba que, para o falcão alcançar a presa, precisa voar mais alto que sua vítima. Assim, ela sobe mais e mais na azul abóbada do céu, sempre perseguida pelo falcão, que está procurando obter vantagem. Mas em vão. A pomba está segura enquanto não permitir que alguma coisa lhe detenha o vôo, ou a atraia para a terra; mas se ela hesitar e descer um pouco, o vigilante inimigo se precipitará sobre a vítima. Muitas vezes observávamos essa cena, quase retendo a respiração, pelo interesse que tomávamos no caso, com todas as simpatias em favor da pequenina pomba. Quanta tristeza nos causaria vê-la cair vítima do cruel falcão! MJ 104 1 Temos diante de nós uma guerra -- um conflito, por toda a vida, com Satanás e suas sedutoras tentações. O inimigo empregará todos os argumentos, todos os enganos, para envolver a pessoa; e, para ganhar a coroa da vida, temos de empregar esforço fervoroso, perseverante. Não devemos depor a armadura nem abandonar o campo de batalha antes que tenhamos alcançado a vitória e possamos triunfar em nosso Redentor. Enquanto continuarmos a conservar os olhos fixos no Autor e Consumador de nossa fé, estaremos seguros. Mas nossas afeições têm de ser postas nas coisas de cima, não nas da Terra. Pela fé devemos erguer-nos, e cada vez mais alto, na obtenção das graças de Cristo. Contemplando diariamente Seus incomparáveis encantos, devemos ir-nos transformando mais e mais à Sua gloriosa imagem. Enquanto assim vivermos em comunhão com o Céu, será em vão que Satanás nos arme suas ciladas. -- The Youth's Instructor, 12 de Maio de 1898. ------------------------Capítulo 27 -- Assumir a vitória MJ 105 1 Mal fazemos idéia da força que possuiríamos se nos ligássemos à fonte de toda força. Caímos repetidamente em pecado, e pensamos que isso deve ser sempre assim. Apegamo-nos a nossas fraquezas como se fossem qualquer coisa de que nos devêssemos orgulhar. Cristo nos diz que devemos pôr nosso rosto como um seixo [ter firme determinação], se quisermos vencer. Ele levou nossos pecados no próprio corpo ao madeiro; e, mediante o poder que nos deu, é-nos possível resistir ao mundo, à carne e ao diabo. Não falemos, portanto, em nossas fraquezas e deficiências, mas em Cristo e Seu poder. Ao falarmos na força de Satanás, o inimigo fixa mais firmemente seu poder sobre nós. Quando falamos no poder do Onipotente, o inimigo é afastado. À medida que nos achegamos a Deus, Ele Se achega a nós. ... MJ 105 2 Muitos de nós deixamos de aproveitar nossos privilégios. Fazemos alguns fracos esforços para praticar o que é direito, e depois voltamos a nossa velha vida de pecado. Se um dia entrarmos no reino de Deus, temos de fazê-lo com caráter perfeito, sem mancha nem ruga, nem coisa semelhante. Satanás trabalha com atividade crescente, à medida que nos aproximamos do fim do tempo. Sem que o percebamos, prepara suas armadilhas, a fim de nos tomar posse da mente. Procura, por todos os meios, ocultar a glória de Deus. Cabe a nós o decidir se ele terá domínio sobre nosso coração e mente, ou se alcançaremos um lugar na nova Terra, um título à herança de Abraão. MJ 106 1 O poder de Deus, aliado ao esforço humano, efetuou em nosso proveito uma gloriosa vitória. Não o apreciaremos? Todas as riquezas do Céu nos foram dadas em Jesus. Deus não queria que a confederação do mal dissesse que Ele podia fazer mais do que tem feito. Os mundos que criou, os anjos do Céu, podem testificar que Ele não podia fazer mais. Deus tem recursos de poder dos quais ainda nada conhecemos, e desses nos suprirá nos momentos de nossa necessidade. Mas nosso esforço se deve sempre unir ao divino. Nossa inteligência, nossas faculdades perceptivas, todas as forças de nosso ser devem ser exercitadas. ... Se nos colocarmos à altura da emergência, e nos armarmos como pessoas que aguardam seu Senhor; se trabalharmos para vencer todo defeito de nosso caráter, Deus nos dará mais luz, força e auxílio. -- The Youth's Instructor, 4 de Janeiro de 1900. Fé e dever MJ 106 2 Fé não é sentimento. A fé é a substância das coisas que se esperam, a evidência das coisas que se não vêem. Há uma espécie de religião que nada mais é que egoísmo. Encontra prazer nos prazeres do mundo. Satisfaz-se com o contemplar a religião de Cristo, e nada sabe de seu poder salvador. Os que possuem essa religião consideram levemente o pecado, porque não conhecem a Jesus. Enquanto nesta condição, avaliam bem ligeiramente o dever. Mas um fiel cumprimento do mesmo anda lado a lado com a justa estimativa do caráter de Deus. -- The Review and Herald, 28 de Fevereiro de 1907. ------------------------Capítulo 28 -- Como tornar-se forte MJ 107 1 Cristo tomou todas as providências para sermos fortes. Deu-nos Seu Santo Espírito, cuja missão é trazer-nos à lembrança todas as promessas feitas por Cristo, a fim de termos paz e um doce sentimento de perdão. Se tão-somente conservarmos o olhar fixo no Salvador, confiando em Seu poder, nos encheremos de uma sensação de segurança; pois a justiça de Cristo se tornará a nossa justiça. ... MJ 107 2 Desonramos a Cristo falando de nossa incapacidade. Em lugar de olhar a nós mesmos, contemplemos incessantemente a Jesus, tornando-nos diariamente mais semelhantes a Ele, mais e mais capazes de falar a Seu respeito, mais preparados para aproveitarmos Sua bondade e prontidão em auxiliar, e para receber as bênçãos a nós oferecidas. MJ 107 3 Ao assim vivermos em comunhão com Ele, tornamo-nos mais fortes em Sua força, um auxílio e uma bênção aos que nos rodeiam. Se tão-somente procedêssemos como o Senhor deseja que procedamos, nosso coração se tornaria qual harpa sagrada, da qual cada corda haveria de soar louvor e gratidão ao Redentor enviado por Deus para tirar o pecado do mundo. ... Contemplar a glória MJ 107 4 Quando lhes sobrevierem tentações, como certamente há de acontecer, quando lhes rodear o cuidado e a perplexidade, quando, aflitos e desanimados, estiverem prestes a ceder ao desespero, olhem, oh!, olhem o lugar em que, com o olhar da fé, contemplaram pela última vez a luz: e as trevas que os envolvem se dissiparão ao fulgurante brilho de Sua glória. Quando o pecado luta pelo predomínio em seu coração, e lhes oprime a consciência, quando a incredulidade lhes escurece a mente, vão ao Salvador. Sua graça é suficiente para vencer o pecado. Ele nos perdoará, dando-nos regozijo em Deus. ... MJ 108 1 Não mais falemos sobre nossa incapacidade e falta de poder. Esquecendo as coisas que atrás ficam, avancemos no caminho para o Céu. Não negligenciemos qualquer oportunidade que, se aproveitada, nos tornaria mais úteis no serviço de Deus. Então, qual fio de ouro, a santidade se entretecerá em nossa vida, e os anjos, contemplando nossa consagração, repetirão a promessa: "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro e mais raro do que o ouro fino de Ofir." Isaías 13:12 (ARC). Todo o Céu se regozija quando os fracos e imperfeitos seres humanos se entregam a Jesus para viver a Sua vida. -- The Review and Herald, 1 de Outubro de 1908. Alegria através do arrependimento MJ 108 2 As condições de salvação para o homem são estabelecidas por Deus. A humilhação própria e o levar a cruz, são medidas tomadas para o pecador arrependido encontrar conforto e paz. O pensamento de que Cristo Se sujeitou à humilhação e sacrifício que jamais o homem será levado a suportar deveria silenciar toda murmuração. A mais doce alegria atinge o ser humano mediante sincero arrependimento para com Deus pela transgressão de Sua lei, e fé em Jesus Cristo como Redentor e Advogado do pecador. -- The Signs of the Times, 4 de Março de 1880. ------------------------Capítulo 29 -- Vida vitoriosa MJ 109 1 Da confiança no poder divino vem a paz. Logo que a pessoa resolve agir de acordo com a luz dada, o Espírito Santo dá mais luz e força. A graça do Espírito é fornecida para cooperar com a resolução da pessoa, mas não é um substituto do exercício individual da fé. O sucesso na vida cristã depende da apropriação da luz dada por Deus. Não é a abundância de luz e de evidências que torna a pessoa liberta em Cristo; é o despertar das faculdades, a vontade e as energias da vida para clamar sinceramente: "Eu tenho fé! Ajude-me a ter mais fé ainda." Marcos 9:24. MJ 109 2 Alegro-me nas brilhantes perspectivas do futuro e o mesmo se pode dar com vocês. Tenham bom ânimo e louvem ao Senhor por Sua terna bondade. A Ele entreguem tudo aquilo que não podem compreender. Ele os ama, e Se compadece de cada uma de suas fraquezas. Ele "nos tem abençoado por estarmos unidos com Cristo, dando-nos todos os dons espirituais do mundo celestial". Efésios 1:3. Não satisfaria o coração do Infinito dar àqueles que amam a Seu Filho uma bênção menor do que a que dá a Seu próprio Filho. MJ 109 3 Satanás procura desviar nossa mente do poderoso Ajudador, para nos levar a considerar a degeneração de nossa alma. Mas ainda que Jesus veja a culpa do passado, Ele fala de perdão; e não devemos desonrá-Lo duvidando de Seu amor. Deve o sentimento de culpa ser depositado ao pé da cruz, ou ele envenenará as fontes da vida. Quando Satanás atirar suas ameaças contra vocês, desviem-se delas, e busquem conforto nas promessas de Deus. A nuvem pode ser negra em si mesma, mas quando cheia da luz do Céu, torna-se brilhante como o ouro; pois sobre ela repousa a glória de Deus. MJ 110 1 Os filhos de Deus não devem ser dominados pelos sentimentos e emoções. Quando flutuam entre a esperança e o temor, o coração de Cristo é ferido, pois lhes tem dado inconfundíveis evidências do Seu amor. Ele quer que sejam firmados, fortalecidos e estabelecidos na mais santa fé. Ele quer que façam a obra que Ele lhes deu; então seu coração se tornará em Suas mãos como harpas sagradas, cada corda das quais emitirá louvores e ações de graças Àquele que foi enviado por Deus para tirar os pecados do mundo. MJ 110 2 O amor de Cristo para com Seus filhos é tão terno quanto forte. E é mais forte do que a morte, pois Ele morreu para comprar a nossa salvação, e para nos tornar um com Ele, espiritualmente e eternamente um. Tão forte é Seu amor que domina todos os Seus poderes e emprega os vastos recursos do Céu em fazer bem a Seu povo. É sem mudança ou sombra de variação -- o mesmo ontem, hoje e eternamente. Embora o pecado tenha existido por séculos, procurando anular esse amor e obstruir o seu fluxo para a Terra, fluirá ele em ricas correntes para aqueles por quem Cristo morreu. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 518, 519. Influência dominante MJ 110 3 Lembrem-se de que, em sua vida, a religião não é meramente uma influência entre outras; deve ser uma influência que domine todas as demais. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 48. ------------------------Capítulo 30 -- Fé viva MJ 111 1 Muitos que buscam sinceramente a santidade de coração e a pureza de vida ficam perplexos e desanimados. Estão constantemente olhando para si mesmos e lamentando sua falta de fé; e, porque não têm fé, acham que não podem rogar as bênçãos divinas. Essas pessoas confundem sentimento com fé. Olham acima da simplicidade da fé verdadeira, trazendo assim sobre a sua vida grandes trevas. Deveriam volver o pensamento de si mesmas e demorá-lo na misericórdia e bondade de Deus, recordando as Suas promessas, e então simplesmente crer que Ele cumprirá Sua palavra. MJ 111 2 Não devemos confiar em nossa fé, mas sim nas promessas de Deus. Quando nos arrependemos de nossas passadas transgressões de Sua lei, e resolvemos prestar obediência no futuro, devemos crer que Deus, por amor de Cristo, nos aceita, perdoando-nos os pecados. MJ 111 3 Trevas e desânimo às vezes sobrevêm à alma, ameaçando dominar-nos; mas não devemos rejeitar a nossa confiança. Devemos conservar os olhos fixos em Jesus, quer haja sentimento quer não. Devemos procurar cumprir fielmente todo dever conhecido, e então repousar calmamente nas promessas divinas. Não depender do sentimento MJ 111 4 Por vezes uma profunda sensação de nossa indignidade fará atravessar nosso pensamento uma sensação de terror; mas isso não é prova de que Deus Se tenha mudado quanto a nós, ou nós quanto a Deus. Nenhum esforço se deve fazer para levar a mente a certa intensidade de emoção. Podemos não sentir hoje a paz e alegria que sentimos ontem; mas devemos pela fé tomar a mão de Cristo e confiar nEle tão plenamente nas trevas como na luz. MJ 112 1 Satanás poderá sussurrar: "Você é muito pecador para que Cristo possa salvá-lo." Embora vocês devam reconhecer que são de fato pecadores e indignos, poderão enfrentar o tentador com o brado: "Por virtude da expiação, eu declaro a Cristo como o meu Salvador. Não confio nos meus próprios merecimentos, mas sim no precioso sangue de Jesus, que me purifica. Neste momento eu apóio em Cristo minha desamparada alma." A vida do cristão tem de ser uma vida de constante e viva fé. Uma confiança permanente, uma firme esperança em Cristo, trará à alma paz e segurança. Contemplar a Cristo MJ 112 2 Não se desanime quando seu coração lhe parecer duro. Todo obstáculo, todo inimigo interno, tão-somente aumenta sua necessidade de Cristo. Ele veio para remover o coração de pedra e dar-lhe um coração de carne. Espere dEle a graça especial para vencer suas faltas peculiares. Quando assediado pela tentação, resista firmemente às insinuações do mal; diga à sua alma: "Como poderia eu desonrar ao meu Redentor? Entreguei-me a Cristo; não posso fazer as obras de Satanás." Clame ao amável Salvador, pedindo-Lhe auxílio para sacrificar cada ídolo e remover todo pecado acariciado. Deixe que os olhos da fé contemplem Jesus perante o trono do Pai, apresentando as mãos feridas enquanto intercede por você. Creia que lhe virá força por meio do precioso Salvador. MJ 113 1 Pela fé olhe as coroas que estão reservadas para os que vencerem; escute o canto exultante dos remidos: Digno, digno é o Cordeiro que foi morto e que nos remiu para Deus! Esforce-se por considerar reais essas cenas. Estêvão, o primeiro mártir cristão, em seu terrível conflito com principados e potestades, e a impiedade espiritual nos lugares celestiais, exclamou: "Olhem! Eu estou vendo o Céu aberto e o Filho do homem em pé, ao lado direito de Deus." Atos 7:56. O Salvador do mundo foi-lhe revelado a contemplá-lo, do Céu, com o mais profundo interesse; e a gloriosa luz do semblante de Cristo pousou sobre Estêvão com tal brilho que mesmo seus inimigos viram sua face resplandecer como a de um anjo. MJ 113 2 Se permitíssemos que nossa mente se demorasse mais em Cristo e no mundo celestial, encontraríamos poderoso estímulo e auxílio em lutar as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor ao mundo perderão o poder ao contemplarmos as glórias daquela Terra melhor, que logo será nossa pátria. Ao lado da beleza de Cristo, todos os atrativos terrestres parecerão de pouco valor. Mudar os hábitos de pensamento MJ 113 3 Que ninguém pense que poderá alcançar, sem fervoroso esforço de sua parte, a certeza do amor de Deus. Quando é permitido à mente demorar por longo tempo apenas sobre coisas terrestres, é difícil mudar os hábitos de pensamento. Aquilo que os olhos vêem e os ouvidos ouvem, muitas vezes atrai a atenção e absorve os interesses. MJ 114 1 Mas se quisermos entrar na cidade de Deus e contemplar Jesus em Sua glória, temos de acostumar-nos a contemplá-Lo com os olhos da fé aqui mesmo. As palavras e o caráter de Cristo devem ser muitas vezes o objeto de nossos pensamentos e nossa conversação; e cada dia deve ser dedicado algum tempo especialmente à séria meditação sobre esses assuntos sagrados. Uma obra diária MJ 114 2 A santificação é uma obra diária. Ninguém se engane com a crença de que Deus lhe perdoará e o abençoará enquanto está transgredindo um de Seus mandamentos. A prática voluntária de um pecado conhecido faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e separa de Deus a alma. Seja qual for o êxtase dos sentimentos religiosos, Jesus não pode habitar no coração que desrespeita a lei divina. Deus só honrará aos que O honram. MJ 114 3 "Pois vocês sabem muito bem que, quando se entregam a alguma pessoa para serem escravos dela, são, de fato, escravos dessa pessoa a quem vocês obedecem." Romanos 6:16. Se condescendemos com a ira, a sensualidade, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou qualquer outro pecado, tornamo-nos servos do pecado. Ninguém pode servir a dois senhores. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as sugestões do pecado, pois a carne cobiça contra o Espírito; mas o Espírito luta contra a carne, mantendo um constante conflito. É aí que se faz necessário o auxílio de Cristo. A fraqueza humana une-se à força divina, e a fé exclama: "Mas agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!" 1 Coríntios 15:57. MJ 114 4 Se quisermos formar um caráter que Deus possa aceitar, temos de formar hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão necessária ao crescimento na graça, e mesmo à própria vida espiritual, como é o alimento ao bem-estar físico. Devemos acostumar-nos a elevar muitas vezes os pensamentos a Deus em oração. Se o espírito se desvia, devemos fazê-lo voltar; pelo esforço perseverante, o hábito se tornará enfim fácil. Não podemos, sem perigo, separar-nos, por um momento que seja, de Cristo. Podemos ter Sua presença a cada passo, mas isso tão-somente observando as condições que Ele mesmo estabeleceu. Tornar a religião uma ocupação MJ 115 1 A religião deve tornar-se a grande ocupação da vida. Tudo o mais deve ser subordinado a ela. Todas as energias da vida, do corpo e espírito devem ser empenhadas no conflito cristão. Devemos olhar a Cristo quanto ao recebimento de força e graça, e obteremos a vitória tão certo como Jesus morreu por nós. ... MJ 115 2 Precisamos chegar mais perto da cruz de Cristo. O arrependimento junto à cruz é a primeira lição de paz que temos de aprender. O amor de Jesus -- quem o poderá compreender? Infinitamente mais terno e abnegado do que o amor de mãe! Se quisermos saber o valor de uma pessoa devemos olhar com viva fé para a cruz, e assim começar o estudo que será a ciência e o hino dos remidos através de toda a eternidade. O valor de nosso tempo e nossos talentos só pode ser estimado pela grandeza do resgate pago pela nossa redenção. Que ingratidão manifestamos para com Deus quando roubamos o que Lhe pertence, impedindo-O de nossas afeições e nosso serviço! É muito nos entregarmos a Ele, que por nós tudo sacrificou? Poderemos escolher as amizades do mundo de preferência às honras imortais que Cristo oferece -- "aos que conseguirem a vitória eu darei o direito de se sentarem ao lado do Meu trono, assim como Eu consegui a vitória e agora estou sentado ao lado do trono do Meu Pai"? Apocalipse 3:21. Uma experiência progressiva MJ 116 1 A santificação é uma obra progressiva. Seus sucessivos passos nos são apresentados nas palavras de Pedro: "Por isso mesmo façam todo o possível para juntar a bondade à fé que vocês têm. À bondade juntem o conhecimento e ao conhecimento, o domínio próprio. Ao domínio próprio juntem a perseverança e à perseverança, a devoção a Deus. A essa devoção juntem a amizade cristã e à amizade cristã juntem o amor. Pois são essas as qualidades que vocês precisam ter. Se vocês as tiverem e fizerem com que elas aumentem, serão cada vez mais ativos e produzirão muita coisa boa como resultado do conhecimento que vocês têm do nosso Senhor Jesus Cristo." 2 Pedro 1:5-8. "Portanto, meus irmãos, procurem ficar cada vez mais firmes na certeza de que Deus os chamou e escolheu. Se vocês fizerem isso, jamais abandonarão a fé e assim receberão todo o direito de entrar no Reino eterno do nosso Senhor Jesus Cristo." 2 Pedro 1:10, 11. MJ 116 2 Eis aí uma direção segundo a qual podemos estar certos de não cair nunca. Os que assim estão atuando em harmonia com o plano de adição em obter as graças cristãs têm a certeza de que Deus atuará segundo o plano de multiplicação em lhes assegurar os dons de Seu Espírito. MJ 116 3 Pedro se dirige aos que têm alcançado fé igualmente preciosa: "Que a graça e a paz estejam com vocês e aumentem cada vez mais, por meio do conhecimento que vocês têm de Deus e de Jesus, o nosso Senhor!" 2 Pedro 1:2. Pela graça divina, todos quantos quiserem podem subir os brilhantes degraus da Terra ao Céu, e afinal, "com júbilo" "e alegria eterna" (Isaías 35:10), entrar pelas portas na cidade de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Novembro de 1887. Valor das provações MJ 117 1 As provações da vida são operárias de Deus, para remover de nosso caráter impurezas e arestas. Penoso é o processo de cortar, desbastar, aparelhar, lustrar, polir; é penoso estar, por força, sob a ação da máquina de polimento. Mas a pedra é depois apresentada pronta para ocupar seu lugar no templo celestial. O Mestre não efetua trabalho assim cuidadoso e completo com material imprestável. Só as Suas pedras preciosas são polidas, como colunas de um palácio. -- O Maior Discurso de Cristo, 10. Lugar secreto do poder MJ 117 2 Ao lugar secreto do Altíssimo, à sombra do Todo-poderoso, os homens de quando em quando se refugiam; habitam ali por algum tempo, e o resultado se manifesta nas boas ações; então sua fé falta, interrompe-se a comunhão, e se desmerece a obra daquela vida. A vida de Jesus, porém, foi de constante confiança, mantida por uma comunhão contínua; e Seu serviço em prol do Céu e da Terra foi sem falhas ou defeitos. MJ 117 3 Como homem, implorava ao trono de Deus, de maneira que Sua humanidade ficou carregada da corrente celeste que ligava a humanidade com a divindade. Recebendo vida de Deus, comunicava-a aos homens. -- Educação, 80, 81. ------------------------Capítulo 31 -- União com Cristo MJ 118 1 A união com Cristo, por meio da fé viva, é duradoura; qualquer outra união está condenada a perecer. Cristo nos escolheu primeiro pagando por nossa redenção um preço infinito; e o verdadeiro crente escolhe a Cristo como primeiro, e último, e melhor de todas as coisas. Essa união, porém, custa-nos alguma coisa. É uma união da mais íntima dependência, da qual deverá participar um ser orgulhoso. Todos os que a formam precisam sentir sua necessidade do sangue propiciador de Cristo. Precisam experimentar a mudança do coração. Precisam submeter sua própria vontade à vontade de Deus. Haverá luta contra obstáculos externos e internos. É preciso que haja doloroso trabalho de desligamento bem como de ligamento. O orgulho, o egoísmo, a vaidade, o mundanismo -- o pecado em todas as suas formas -- precisa ser vencido, se quisermos entrar em comunhão com Cristo. A razão por que muitos acham a vida cristã tão deploravelmente difícil, por que são tão inconstantes, tão volúveis, é que procuram ligar-se a Cristo sem primeiramente se desligarem de ídolos acariciados. MJ 118 2 Depois de haver sido formada a união com Cristo, só pode ser conservada por meio de fervorosa oração e incansável esforço. Devemos resistir ao próprio eu, negá-lo, vencê-lo. Mediante a graça de Cristo, pela coragem, pela fé, pela vigilância, é-nos possível obter a vitória. -- Testemunhos Para a Igreja 5:231. MJ 120 1 O Salvador inclina-Se sobre a aquisição de Seu sangue, dizendo com inexprimível ternura e piedade: "Queres ficar são?" Manda-vos levantar em saúde e paz. Não espereis sentir que estais são. Crede na Palavra do Salvador. Ponde vossa vontade do lado de Cristo. Determinai servi-Lo, e agindo em obediência a Sua Palavra, recebereis forças. Seja qual for a má prática, a paixão dominante que, devido a longa condescendência, prende tanto a alma como o corpo, Cristo é capaz de libertar, e anseia fazê-lo. Ele comunicará vida à alma "morta em ofensas". Porá em liberdade o cativo, preso por fraqueza e infortúnio e pelas cadeias do pecado. -- A Ciência do Bom Viver, págs. 84 e 85. ------------------------Capítulo 32 -- O crescimento na graça MJ 121 1 "Porém continuem a crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 3:18. É o privilégio dos jovens, ao crescerem em Cristo, crescerem na graça e no conhecimento espirituais. Podemos conhecer mais e mais de Jesus por um interessado exame das Escrituras, seguindo então os caminhos de verdade e justiça assim revelados. Os que estão sempre crescendo em graça são firmes na fé e marcham avante. Crescimento necessário à firmeza MJ 121 2 No coração de todo jovem que se propôs ser um discípulo de Jesus Cristo, deve haver um fervoroso desejo de atingir a mais elevada norma cristã, ser um colaborador de Cristo. Se ele puser sua aspiração em pertencer ao número dos que serão apresentados irrepreensíveis diante do trono de Deus, estará continuamente progredindo. O único meio de se manter firme, é progredir diariamente na vida divina. A fé crescerá se, ao ser posta em conflito com a dúvida e os obstáculos, os vencer. A verdadeira santificação é progressiva. Se vocês estão crescendo na graça e conhecimento de Jesus Cristo, aproveitarão todo privilégio e oportunidade de adquirir mais conhecimento da vida e do caráter de Cristo. MJ 121 3 A fé em Jesus aumentará à medida que forem se relacionando mais com o Redentor pela meditação em Sua vida imaculada e em Seu infinito amor. Não podem desonrar mais a Deus, do que professando ser Seu discípulo ao passo que dEle se mantêm à distância, e não se alimentam e nutrem de Seu Santo Espírito. Quando estiverem crescendo na graça, apreciarão as reuniões religiosas e darão de boa vontade testemunho do amor de Cristo diante da congregação. Por Sua graça, Deus pode tornar o jovem prudente, e dar às crianças conhecimento e experiência. Podem crescer diariamente na graça. Vocês não devem medir sua fé pelas emoções. Examinar o coração MJ 122 1 Examinem bem no íntimo o coração e o estado de suas afeições para com Deus. Perguntem: Dediquei os preciosos momentos deste dia a agradar a mim mesmo, a buscar meu próprio entretenimento? Ou tornei outros felizes? Ajudei os que estão ligados a mim a ter maior devoção para com Deus e a apreciar as coisas eternas? Introduzi minha religião em meu lar, revelando aí a graça de Cristo em minhas palavras e no meu comportamento? Honrei a meus pais por minha respeitosa obediência, observando assim o quinto mandamento? Realizei alegremente meus pequeninos deveres diários, cumprindo-os com fidelidade, fazendo o que me era possível para aliviar o fardo de outros? Guardei do mal os meus lábios, e a minha língua de falar engano? Honrei a Cristo, meu Redentor, que deu Sua preciosa vida para que a vida eterna pudesse estar ao meu alcance? Vigiar e orar MJ 122 2 Ao princípio do dia, não negligenciem, queridos jovens, o orar fervorosamente a Jesus, a fim de que lhes comunique força e graça para resistir às tentações do inimigo sob qualquer forma que possam vir; e se orarem fervorosamente, com fé e contrição da alma, o Senhor lhes ouvirá a oração. Mas devem vigiar da mesma maneira que orar. Jesus disse: "Peçam e vocês receberão; procurem e vocês acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Porque todos aqueles que pedem recebem; aqueles que procuram acham; e a porta será aberta para quem bate. Por acaso algum de vocês, que é pai, será capaz de dar uma pedra ao seu filho, quando ele pede pão? Ou lhe dará uma cobra, quando ele pede um peixe? Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai de vocês, que está no Céu, dará coisas boas aos que Lhe pedirem?" Mateus 7:7-11. MJ 123 1 As crianças e os jovens podem ir a Jesus com suas preocupações e dificuldades, sabendo que Ele lhes respeitará os apelos, dando-lhes exatamente aquilo de que necessitam. Sejam fervorosos; sejam decididos. Apresentem a promessa de Deus, e depois creiam sem duvidar. Não esperem sentir emoções especiais antes de pensar que o Senhor responde. Não estipulem certa maneira pela qual o Senhor deva operar em seu favor, antes de crerem que recebem as coisas que Lhe pedem; mas confiem em Sua palavra e deixem tudo nas mãos do Senhor, com plena fé de que sua oração será honrada, e a resposta virá mesmo no momento e pela maneira que o Pai celeste vê ser para o seu bem; e então vivam segundo as suas orações. Andem humildemente e conservem-se avançando. MJ 123 2 "O Senhor Deus é a nossa luz e o nosso escudo. Ele ama e honra os que fazem o que é certo e lhes dá tudo o que é bom." Salmos 84:11. "Que todos os que se dedicam a Deus O temam, pois aqueles que O temem não têm falta de nada! Até os leões não têm comida e passam fome, porém não falta nada aos que procuram a ajuda do Senhor." Salmos 34:9, 10. MJ 124 1 "Então procurem não dizer coisas más e não contem mentiras. Afastem-se do mal e façam o bem; procurem a paz e façam tudo para alcançá-la. Deus cuida das pessoas honestas e ouve os seus pedidos." Salmos 34:13-18. MJ 124 2 Aqui estão ricas e abundantes promessas, sob a condição de cessarem de fazer o mal e aprenderem a fazer o bem. Então estabeleçam um elevado ideal na vida, como fizeram José e Daniel e Moisés; e tomem em consideração o preço da edificação do caráter, construindo então para o tempo e a eternidade. ... MJ 124 3 Somos fracos e destituídos de sabedoria, mas Deus disse: "Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e Ele dará porque é generoso e dá com bondade a todos." Tiago 1:5. Aprendam apenas a ser íntegros, a nunca abrir mão de sua firmeza em Deus, a perseverar em Seu serviço, e serão vencedores mediante o sangue do Cordeiro. Ilimitadas possibilidades MJ 124 4 Ao fazerem esta obra por vocês mesmos, exercerão influência sobre outros com quem se associarem. Quão boas são as palavras proferidas a seu tempo! Quanta força uma palavra de esperança, de ânimo e decisão no caminho reto dá a uma pessoa inclinada a deslizar para hábitos desmoralizantes! O firme propósito que vocês têm de pôr em prática os bons princípios, terá influência em firmar as pessoas na devida direção. MJ 125 1 Não há limites ao bem que vocês podem realizar. Se fizerem da Palavra de Deus a regra de sua vida, regendo por seus preceitos as suas ações, tornando todos os seus desígnios e esforços no cumprimento do dever uma bênção e não uma maldição para os outros, o sucesso virá coroar esses esforços. Puseram-se em ligação com Deus; tornaram-se para os outros um conduto de luz. São honrados em se tornarem colaboradores de Cristo; não poderão receber mais alta honra que a feliz bênção dos lábios do Salvador: "Muito bem, empregado bom e fiel. ... Venha festejar comigo!" Mateus 25:21. -- The Youth's Instructor, 1 de Setembro de 1886. Entrega de si mesmo MJ 125 2 O Redentor não aceitará um serviço dividido. O obreiro de Deus precisa aprender diariamente o que significa a entrega de si mesmo. Tem que estudar a Palavra de Deus, aprendendo seu significado e obedecendo aos seus preceitos. Assim pode ele atingir a norma da excelência cristã. Dia a dia Deus colabora com ele, aperfeiçoando o caráter que deve resistir no tempo da prova final. E dia a dia o crente está formando perante os homens e os anjos uma sublime experiência, mostrando o que o evangelho pode fazer pelos decaídos seres humanos. -- Obreiros Evangélicos, 113. ------------------------Capítulo 33 -- Conformidade com o mundo MJ 126 1 Os que viajam pelo caminho estreito, conversam a respeito da alegria e felicidade que terão no fim da viagem. Seus rostos muitas vezes estão tristes, e, todavia, brilham freqüentemente com piedosa e santa alegria. Não se vestem como a multidão do caminho largo, nem falam como eles, nem agem como eles. Um Modelo lhes foi dado. Um Homem de dores, e experimentado nos trabalhos, abriu-lhes aquele caminho, e por ele viajou. Seus seguidores vêem Seus rastos, e ficam consolados e animados. Ele o percorreu em segurança; assim também poderão fazer os da multidão, se acompanharem as Suas pegadas. O caminho largo MJ 126 2 Na estrada larga todos estão preocupados com sua pessoa, suas vestes, seus prazeres. Entregam-se livremente à hilaridade e à diversão, e não pensam no fim de sua viagem e na destruição certa no final do caminho. Cada dia se aproximam mais de sua destruição; contudo, loucamente se jogam, mais e mais depressa. Oh! quão terrível isso me parecia! MJ 126 3 Vi muitos viajando na estrada larga, os quais tinham sobre si escritas estas palavras: "Morto para o mundo. O fim de todas as coisas está próximo. Estejam também prontos." Pareciam exatamente iguais a todas aquelas pessoas frívolas que em redor se achavam, com a diferença única de uma sombra de tristeza que lhes notei no rosto. Sua conversa era perfeitamente igual à daqueles que, divertidos e imprudentes, se encontravam em redor; mas de quando em quando mostravam com grande satisfação as letras sobre as suas vestes, convidando outros a terem as mesmas sobre si. Estavam no caminho largo, e, no entanto, professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que estavam em redor deles diziam: "Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos da mesma maneira." MJ 127 1 Foi-me mostrada a conformidade de alguns professos observadores do sábado para com o mundo. Oh! vi que eram uma desgraça à religião, uma desgraça à causa de Deus. Desmentem sua profissão de fé. Julgam que não são como o mundo, mas dele tanto se aproximam no vestuário, na conversação ou nos atos, que não há diferença. Eu os vi adornando seu pobre corpo mortal, que será tocado em qualquer momento pelo dedo de Deus e prostrado sobre o leito de dor. Então, ao aproximar-se seu último momento, mortal angústia lhes oprime o corpo, e a grande pergunta será: "Estou preparado para morrer, comparecer diante de Deus no juízo, e resistir no grande teste?" MJ 127 2 Perguntem-lhes então como se sentem quanto ao adorno do corpo, e se têm alguma idéia do que é estar preparado para comparecer perante Deus, e lhes dirão que se somente pudessem voltar a viver de novo o passado, corrigiriam a vida, evitariam as loucuras do mundo, sua vaidade e orgulho; e adornariam o corpo com roupas modestas, dando assim um exemplo aos que os rodeiam. Viveriam para a glória de Deus. MJ 127 3 Por que é tão difícil viver uma vida abnegada, humilde? Porque os professos cristãos não estão mortos para o mundo. É fácil viver depois de estarmos mortos. Mas há muitos que desejam os alhos e as cebolas do Egito. Inclinam-se a vestir e proceder o mais semelhante possível ao mundo, e todavia querem ir para o Céu. Esses sobem por outro caminho. Não entram pela porta estreita e pelo apertado caminho. ... MJ 128 1 Tais pessoas não terão desculpa. Muitos se vestem em conformidade com o mundo, a fim de terem influência. Cometem, porém, nisso, um erro lamentável e fatal. Se quiserem exercer verdadeira e salvadora influência, vivam segundo sua profissão de fé, mostrem essa fé pelas obras de justiça, e tornem grande a distinção entre os cristãos e o mundo. Vi que as palavras, o vestuário e as ações devem falar em favor de Deus. Então, será difundida por todos uma santa influência, e todos conhecerão, vendo-os, que estiveram com Jesus. Os incrédulos verão que a verdade que professamos tem uma santa influência, e que a fé na vinda de Cristo afeta o caráter do homem ou da mulher. Se alguém deseja que sua influência fale em favor da verdade, viva segundo essa verdade, imitando assim o humilde Exemplo. Preparação para a vinda de Jesus MJ 128 2 Vi que Deus aborrece o orgulho, e que todos os orgulhosos, e todos os que procedem impiamente, serão como palha, e o dia que está para vir os consumirá. Vi que a terceira mensagem angélica deve ainda atuar como fermento no coração de muitos que dizem nela crer, excluindo-os do orgulho, do egoísmo, da cobiça e amor ao mundo. MJ 128 3 Jesus está para vir; encontrará Ele um povo em harmonia com o mundo? E Ele os reconhecerá como Seu povo, que purificou para Si? Claro que não! Ninguém senão os puros e santos Ele irá reconhecer como Seus. Os que foram purificados e branqueados por meio do sofrimento, e que se mantiveram separados, imaculados do mundo, Ele receberá como Seus. MJ 129 1 Ao ver eu o terrível fato de se achar o povo de Deus em conformidade com o mundo, não havendo distinção, exceto no nome entre muitos dos professos discípulos do manso e humilde Jesus e os incrédulos, profunda foi a angústia de meu coração. Vi que Jesus era ferido e exposto a uma evidente vergonha. Disse o anjo, ao ver com tristeza o professo povo de Deus amando o mundo, participando de seu espírito e seguindo-lhe as modas: "Desliguem-se! Desliguem-se! para que Ele não lhes dê sua parte com os hipócritas e os incrédulos do lado de fora da cidade. Sua profissão de fé só lhes causará maior angústia, e será maior o seu castigo, porque souberam Sua vontade e a não fizeram." MJ 129 2 Os que dizem crer na terceira mensagem angélica ofendem muitas vezes a causa de Deus pela leviandade, os gracejos, a frivolidade. Vi que esse mal se estendia por todas as nossas fileiras. Vi que devia haver humilhação diante do Senhor. O Israel de Deus devia rasgar o coração e não as vestes. A simplicidade cristã é raramente vista; pensa-se mais na aprovação das pessoas do que no desagrado de Deus. MJ 129 3 Disse o anjo: "Coloquem em ordem o coração, para que Deus não os visite em juízo, e seja cortado o frágil fio da vida, e venham a ficar na sepultura desabrigados, desapercebidos para o juízo. Ou, se não fizerem no túmulo o seu leito, a menos que façam paz com Deus, e se desliguem do mundo, seu coração se tornará mais e mais endurecido, e descansarão num falso esteio, numa suposta preparação, e virão a descobrir seu engano demasiado tarde para conseguir uma bem fundada esperança." -- Testemunhos Para a Igreja 1:127-134. Que aproveitará? MJ 130 1 Cristo convida cada um a ponderar. Faça uma conta honesta. Coloque num prato da balança Jesus, que significa tesouro eterno, vida, verdade, Céu e a alegria de Cristo pelos redimidos; no outro, coloque toda a atração que o mundo pode oferecer. Num prato coloque a sua perdição e das pessoas para quem você poderia ser instrumento de salvação; no outro, para você e para elas, uma vida que se compare com a vida de Deus. Pese para agora e para a eternidade. Enquanto está ocupado nisso, Cristo diz: "O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira?" Marcos 8:36. MJ 130 2 Deus deseja que escolhamos o celestial em vez do terreno. Abre-nos as possibilidades de um investimento celeste. Deseja prover encorajamento para nossas mais elevadas aspirações e segurança para nosso mais excelente tesouro. Declara: "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro e mais raro do que o ouro fino de Ofir.' Isaías 13:12 (ARC). Quando forem consumidas as riquezas que a traça devora e a ferrugem corrói (Mateus 6:19), os seguidores de Cristo poderão alegrar-se em seu tesouro celeste, em suas riquezas imperecíveis. -- Parábolas de Jesus, 374. ------------------------Capítulo 34 -- Genuína experiência cristã MJ 131 1 Vi que, se não houver uma inteira mudança nos jovens, uma completa conversão, eles podem perder a esperança do Céu. Do que me tem sido mostrado, não há mais da metade dos jovens que professam a religião e a verdade, que sejam verdadeiramente convertidos. Se fossem convertidos, produziriam frutos para a glória de Deus. Muitos repousam numa suposta esperança, sem base real. A fonte não está purificada, portanto, as correntes que dela procedem não são puras. Limpe a fonte e as correntes serão puras. MJ 131 2 Se o coração estiver certo, certas serão as suas palavras, o seu vestuário, as suas ações. Falta a verdadeira piedade. Eu não desonraria meu Mestre a ponto de admitir que uma pessoa descuidosa, frívola, que não ora, seja uma cristã. Não; um cristão alcança vitória sobre os pecados que o cercam, sobre suas paixões. Há remédio para a alma enferma de pecado. Esse remédio está em Jesus. Precioso Salvador! Sua graça é suficiente para o mais fraco dos seres; e o mais forte precisa também possuir a Sua graça, ou do contrário vai perecer. Graça salvadora MJ 131 3 Vi como essa graça poderia ser obtida. Vá ao seu quarto e ali, sozinho, rogue a Deus: "Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme!" Salmos 51:10. Seja fervoroso, seja sincero. A oração fervorosa pode muito. À semelhança de Jacó, lute em oração. Angustie-se. Jesus, no jardim, suou grandes gotas de sangue; é preciso fazer algum esforço. Não deixe seu quarto enquanto não se sentir forte em Deus; então, vigie, e enquanto vigiar e orar lhe será possível manter em sujeição esses maus assaltos, e a graça de Deus pode aparecer e aparecerá em você. MJ 132 1 Longe de mim que eu pare de adverti-los. Jovens amigos, busquem ao Senhor de todo o coração. Vão com zelo, e quando sentirem sinceramente que sem o auxílio de Deus perecerão, quando anelarem por Ele como o cervo deseja as correntes das águas, então o Senhor rapidamente os fortalecerá. Então a sua paz superará a todo entendimento. Se esperam salvação, precisam orar. Dediquem tempo. Não sejam apressados e descuidosos em suas orações. Roguem a Deus que produza em vocês uma completa reforma, que os frutos do Seu Espírito habitem em vocês, e brilhem como luzes no mundo. Não sejam um entrave ou uma maldição à causa de Deus; vocês podem ser um auxílio, uma bênção. Diz-lhes Satanás que não lhes é possível apreciar plena e abundante salvação? Não acreditem nele. Primeiros passos MJ 132 2 É privilégio de todo cristão desfrutar as profundas atuações do Espírito de Deus. Uma doce paz celestial penetrará a mente, e lhes dará prazer meditar em Deus e no Céu. Vocês se alegrarão nas gloriosas promessas de Sua Palavra. Mas saibam primeiro que deram os primeiros passos no caminho da vida eterna. Não se enganem. Temo, sim, eu sei que muitos de vocês ignoram o que seja religião. Têm experimentado certo reavivamento, alguma emoção, mas nunca viram o pecado em sua enormidade. Jamais sentiram sua mimada condição, desviando-se dos seus maus caminhos com amarga dor. Nunca morreram para o mundo. São ainda amantes de seus prazeres; apreciam envolver-se em conversas sobre assuntos mundanos. Ao ser, porém, apresentada a verdade de Deus, nada têm a dizer. Por que ficam assim silenciosos? Por que tão faladores sobre coisas mundanas, e tão mudos sobre o assunto que mais lhes deveria interessar -- um assunto que lhes deveria ocupar inteiramente a vida? A verdade de Deus não habita em vocês. -- Testemunhos Para a Igreja 1:158, 159. Abrir caminho para as bênçãos MJ 133 1 Nada há que Satanás tema tanto como que o povo de Deus limpe o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar o Seu Espírito sobre uma igreja debilitada e uma impenitente congregação. Se Satanás conseguisse o que ele quer, nunca mais haveria outro despertamento, grande ou pequeno, até ao fim do tempo. Mas não ignoramos as suas armadilhas. É possível resistir-lhe ao poder. Quando o caminho estiver preparado para o Espírito de Deus, a bênção virá. Satanás não pode impedir uma chuva de bênçãos de cair sobre o povo de Deus, tanto quanto não pode fechar as janelas do céu para que não chova sobre a Terra. Os homens ímpios e os demônios não podem impedir a obra de Deus, ou excluir Sua presença das assembléias de Seu povo, se eles quiserem, de coração submisso e contrito, confessar e remover os próprios pecados, pedindo com fé as Suas promessas. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1887. ------------------------Capítulo 35 -- Autodisciplina MJ 134 1 "Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras." Provérbios 16:32. Ele venceu o próprio eu, o mais forte inimigo que o homem tem a enfrentar. MJ 134 2 A mais alta prova de nobreza num cristão é o domínio próprio. Aquele que é capaz de ficar imóvel em meio a uma tempestade de insultos é um dos heróis de Deus. MJ 134 3 Dominar o espírito é manter debaixo de disciplina o próprio eu; é resistir ao mal; é ajustar cada palavra e ação pela grande norma de justiça de Deus. O que aprendeu a dominar o espírito se erguerá acima das zombarias, das oposições e aborrecimentos a que estamos diariamente expostos, e essas coisas deixarão de lançar sombra sobre o seu espírito. MJ 134 4 É desígnio de Deus que o real poder de uma razão santificada, dirigida pela graça divina, domine na vida dos seres humanos. O que domina o seu espírito está de posse de tal poder. Poder do domínio próprio MJ 134 5 Na infância e na juventude é que o caráter é mais impressionável. Então é que se deveria adquirir o poder do domínio próprio. Junto à lareira e à mesa doméstica exercem-se influências cujos resultados são perduráveis como a eternidade. Mais do que qualquer dom natural, os hábitos contraídos nos primeiros anos decidirão se a pessoa será vitoriosa ou vencida na batalha da vida. MJ 135 1 No uso da linguagem não há, talvez, um erro que os adultos e jovens estejam mais dispostos a passar por alto em si mesmos do que as palavras precipitadas, impacientes. Julgam que é desculpa suficiente alegar: "Eu fui apanhado de surpresa, e não queria dizer justamente o que eu disse." Mas a Palavra de Deus não trata o caso levianamente. Diz a Escritura: "Pode-se esperar mais de um tolo do que de quem pensa que é mais sábio do que é." Provérbios 26:12. "Quem não sabe se controlar é tão sem defesa como uma cidade sem muralhas." Provérbios 25:28. MJ 135 2 A maior parte dos incômodos da vida, suas mágoas, suas irritações, devem-se ao temperamento não dominado. Num momento, por palavras precipitadas, apaixonadas, descuidosas, pode ser produzido um mal que o arrependimento de uma vida inteira não pode desfazer. Oh! quantos corações partidos, quantos amigos separados, quantas vidas fragmentadas pelas palavras ásperas e precipitadas dos que lhes poderiam ter trazido auxílio e cura! MJ 135 3 Às vezes é o excesso de trabalho que causa a perda do domínio próprio. Mas o Senhor não obriga nunca a ações apressadas, complicadas. Há muitos que juntam para si fardos que o misericordioso Pai celestial não colocou sobre eles. Deveres que Ele nunca designou que fossem por eles executados, perseguem-se um ao outro, desordenadamente. Deus deseja que reconheçamos que não glorificamos o Seu nome quando assumimos tantos encargos que ficamos sobrecarregados e, tornando-nos esgotados emocional e mentalmente, nos enfadamos, nos irritamos e brigamos. Devemos assumir tão-somente as responsabilidades que o Senhor nos dá, confiando nEle, e conservar assim o coração puro, terno e compassivo. Dominando o espírito MJ 135 4 Há um maravilhoso poder no silêncio. Quando lhes falarem palavras impacientes, não paguem na mesma moeda. Palavras que se digam em resposta a uma pessoa irada geralmente agem como um chicote, incitando-lhe o temperamento e tornando-o mais furioso. Mas a ira que encontra o silêncio, bem depressa se dissipa. Refreie o cristão a língua, resolvendo firmemente não falar palavras ásperas, impacientes. Com a língua refreada, ele poderá ser vitorioso, cada vez que for chamado a passar por uma provação da paciência. MJ 136 1 Com sua própria força não pode o homem dominar o seu espírito. Mas por Cristo poderá conseguir o domínio próprio. Em Seu poder conseguirá trazer os pensamentos e palavras em sujeição à vontade de Deus. A religião de Cristo traz as emoções sob o domínio da razão, e disciplina a língua. Sob a Sua influência é abrandado o temperamento precipitado, e o coração enche-se de paciência e amabilidade. MJ 136 2 Apeguem-se firmemente Àquele que tem todo o poder no Céu e na Terra. Embora tantas vezes deixem de revelar paciência e calma, não desistam da luta. Resolvam de novo, e desta vez com mais firmeza, ser pacientes sob qualquer provocação. E nunca retirem os olhos de seu divino Exemplo. -- The Review and Herald, 31 de Outubro de 1907. Não há desculpa para o pecado MJ 136 3 A influência do tentador não deve ser considerada desculpa para qualquer má ação. Satanás vibra quando ouve os professos seguidores de Cristo apresentarem desculpas quanto à sua deformidade de caráter. São essas desculpas que levam ao pecado. Não há desculpas para pecar. Uma temperamento santo, uma vida cristã, são acessíveis a todo filho de Deus, arrependido e crente. -- O Desejado de Todas as Nações, 311. ------------------------Capítulo 36 -- Experiência viva MJ 137 1 O Senhor da vida e da glória revestiu Sua divindade com a humanidade a fim de demonstrar ao ser humano que, mediante o dom de Cristo, Deus nos quer ligar a Si. Sem manter ligação com Deus, não é possível ser feliz. O homem caído deve aprender que nosso Pai celeste não Se satisfaz enquanto Seu amor não envolver o arrependido pecador, transformado, pelos méritos do imaculado Cordeiro de Deus. MJ 137 2 O trabalho de todos os seres celestiais é para esse fim. Sob o comando de seu General, devem trabalhar para reaver os que pela transgressão se separaram do Pai celestial. Delineou-se um plano pelo qual serão revelados ao mundo a maravilhosa graça e amor de Cristo. No infinito preço pago pelo Filho de Deus para remir o homem, revela-se o amor divino. Esse glorioso plano de redenção é amplo em suas providências para salvar o mundo todo. Mediante o perdão do pecado e a justiça imputada de Cristo, o homem pecador e caído pode tornar-se perfeito em Jesus. Poder da cruz MJ 137 3 Jesus Cristo lançou mão da humanidade a fim de, circundando o homem com Seu braço humano, apegar-se ao mesmo tempo com o divino ao trono do Infinito. Cravou Sua cruz bem entre a Terra e o Céu, e disse: "E, quando Eu for levantado da Terra, atrairei todas as pessoas para Mim." João 12:32. A cruz deve ser o centro de atração. MJ 138 1 Ela deve falar a todos os homens, e atraí-los através do abismo cavado pelo pecado, para unir o homem finito ao infinito Deus. É unicamente o poder da cruz que consegue separar o homem da poderosa confederação do pecado. Cristo Se deu pela salvação do pecador. Aqueles cujos pecados são perdoados, que amam a Jesus, se unirão a Ele. Levarão o jugo de Cristo. Esse jugo não os embaraçará, não tornará sua vida religiosa de insatisfeita labuta. Não; o jugo de Cristo deve ser o próprio meio pelo qual a vida cristã se transforma uma existência agradável e alegre. O cristão deve alegrar-se na contemplação daquilo que o Senhor fez ao dar Seu Filho único a fim de morrer pelo mundo, "para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Lealdade para com Cristo MJ 138 2 Os que se colocam sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel devem ser fiéis soldados no exército de Cristo. Nunca deveriam ser desleais, nunca falsos. Muitos dos jovens serão voluntários em se colocar ao lado de Jesus, o Príncipe da vida. Se, porém, quiserem perseverar ao Seu lado, precisam olhar continuamente para Jesus, seu Comandante, à espera de ordens. Não podem ser soldados de Cristo, e ainda se ocupar com a confederação de Satanás, e ajudar o seu lado, pois assim seriam inimigos de Cristo. Trairiam santos legados. Formariam um elo entre Satanás e os soldados fiéis, de maneira que, por intermédio desses instrumentos vivos, estaria o inimigo de contínuo atuando para roubar o coração dos soldados de Jesus. MJ 139 1 Pergunto-lhes, queridos jovens que professam ser soldados de Jesus Cristo, que batalhas têm lutado? Quais têm sido as suas lutas? Quando a Palavra de Deus lhes tem revelado claramente a obra a fazer, têm acaso se recusado a isso pelo fato de não estar ela em harmonia com sua inclinação? Tem a atração do mundo seduzido vocês a se afastarem do serviço de Cristo? Satanás se ocupa em inventar enganadoras seduções; e pela transgressão no que se parecem coisas pequeninas, lhes desvia de Jesus. Então lhes são apresentadas maiores atrações para arrastá-los inteiramente para longe de Deus. MJ 139 2 Talvez tenham seu nome no registro da igreja, e pretendam ser filhos de Deus, todavia o seu exemplo, sua influência, representam mal o caráter de Cristo, e desviam outros dEle. Não há felicidade, nem paz, nem alegria para um professo crente cujo coração não se acha empenhado na obra que o Senhor lhe deu a fazer. Está sem cessar introduzindo o mundo na igreja, não por meio de arrependimento e confissão e entrega de si mesmo a Deus, mas se entregando mais e mais ao mundo, e no conflito se empenhando mais do lado de Satanás que do de Cristo. Conhecimento experimental MJ 139 3 Quero apelar para os jovens quanto a cortar os mais finos laços que os liguem ao mundo, seja na prática, seja no espírito. "Saiam do meio dos pagãos e separem-se deles. Não toquem em nada que seja impuro, e então Eu aceitarei vocês. Eu serei o pai de vocês, e vocês serão Meus filhos e Minhas filhas." 2 Coríntios 6:17, 18. MJ 140 1 Nossos jovens darão ouvidos a esse convite? Quão pouco avaliam nossos jovens a necessidade de dar a seus companheiros juvenis, em sua vida e caráter, um exemplo cristão! Muitos de nossos jovens entendem a teoria da verdade, mas quão poucos compreendem por experiência a influência prática da verdade sobre cada uma de suas ações! Onde estão os missionários jovens fazendo qualquer obra que se lhes apresente na grande seara? Onde estão os que são aprendizes diários na escola de Cristo? Não sintam eles nunca se acharem preparados para a colação de grau. Esperem nos pátios do Senhor, para que sejam guiados à maneira de trabalhar em harmonia com os poderes celestes. Queridos jovens, desejo falar-lhes declaradamente, pois quero que sejam salvos. Não percam mais tempo. Não podem servir a Deus e a Mamom. Podem aparentemente ser cristãos, mas quando são fortemente tentados não caem em geral na tentação? Associação cristã MJ 140 2 O conflito em que têm de tomar parte ativa encontra-se em sua vida diária. Não querem vocês, em tempos de prova, pôr seus desejos em harmonia com a Palavra escrita e, em fervorosa oração, ir ter com Jesus em busca de conselho? Muitos declaram não haver mal em ir a um concerto, deixando de assistir ao culto de oração, ou em se ausentar das reuniões em que os servos de Deus estão para declarar a mensagem do Céu. Só é seguro estar exatamente onde Cristo disse que Se havia de encontrar. MJ 141 1 Os que apreciam as palavras de Cristo, não se apartarão do culto de oração, ou das reuniões em que o mensageiro do Senhor foi enviado para lhes falar acerca de coisas de interesse eterno. Jesus disse: "Onde dois ou três estão juntos em Meu nome, Eu estou ali com eles." Mateus 18:20. Você pode consentir em escolher o seu prazer, perdendo a bênção? É a transigência com essas coisas que exerce influência, não somente sobre sua própria vida e caráter, como sobre o caráter e vida daqueles com quem se relaciona. MJ 141 2 Se todos quantos professam ser seguidores de Cristo, o fossem de fato e verdade, teriam a mente de Cristo e fariam as obras de Deus. Resistiriam à tentação de condescender com o próprio eu e mostrariam que não acham mais satisfação nos frívolos prazeres do mundo do que no privilégio de se encontrar com Cristo na reunião de testemunhos. Exerceriam assim uma decidida influência sobre outros, induzindo-os a lhes seguirem o exemplo. MJ 141 3 As ações falam mais alto que as palavras, e os que são amantes de prazer não valorizam as ricas bênçãos de estar na reunião do povo de Deus. Não apreciam o privilégio de influenciar seus companheiros a ir com eles, esperando que seu coração seja tocado pelo Espírito do Senhor. Quem vai com eles a essas reuniões mundanas? Jesus não Se achará ali para abençoar os que estão reunidos. Mas Satanás trará à mente muitas coisas para impedir a entrada dos assuntos de interesse eterno. É sua oportunidade de confundir o certo, misturando-o com o erro. MJ 141 4 Mediante o assistir às reuniões mundanas, cria-se o gosto em torno das diversões estimulantes, enfraquecendo-se o poder moral. Os que amam o prazer podem conservar uma forma de piedade, mas não possuem vital ligação com Deus. Sua fé é morta, o zelo os abandonou. Não têm preocupação quanto a dirigir uma palavra a seu tempo às pessoas separadas de Cristo, e a insistir com elas para entregar o coração ao Senhor. -- The Youth's Instructor, 23 de Abril de 1912, 30 de Março de 1893. Religião não é um sentimento MJ 142 1 A religião pura e imaculada não é um sentimento, mas a prática das obras de misericórdia e amor. MJ 142 2 Essa religião é necessária à saúde e à felicidade. Penetra no poluído templo do coração, expulsando, com um açoite, o pecado intruso. Tomando o trono, tudo consagra pela sua presença, iluminando o coração com os brilhantes raios do Sol da Justiça. Abre as janelas da alma em direção ao Céu, dando entrada à luz do amor de Deus. Com ela sobrevêm a serenidade e o domínio próprio. Aumenta a resistência física, mental e moral em virtude da atmosfera do Céu, à medida que um vivo e ativo poder enche a alma. Cristo é formado no interior, a Esperança da glória. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1901. ------------------------Capítulo 37 -- Fidelidade no mínimo MJ 143 1 "Quem é fiel nas pequenas coisas também será nas grandes." Lucas 16:10. MJ 143 2 É a conscienciosa atenção ao que o mundo chama "coisas pequeninas" que torna a vida um sucesso. Pequenos atos de caridade, de abnegação, o dirigir simples palavras de auxílio, a vigilância contra pequenos pecados -- isso é cristianismo. Um grato reconhecimento das bênçãos diárias, um sábio aproveitamento das diárias oportunidades, o diligente cultivo dos talentos a nós confiados -- eis o que pede o Mestre. MJ 143 3 Aquele que cumpre fielmente os pequenos deveres estará preparado a corresponder às exigências de responsabilidades maiores. O homem bom e cortês na vida diária, generoso e paciente com sua família, cujo constante objetivo é tornar seu lar feliz, será o primeiro a negar a si mesmo e a fazer sacrifícios quando o Mestre o requerer. Caráter equilibrado MJ 143 4 Talvez sejamos voluntários em dar o que possuímos para a causa de Deus, mas isso não terá valor a menos que Lhe demos também um coração de amor e reconhecimento. Os que quiserem ser verdadeiros missionários em campos estrangeiros precisam ser primeiro missionários verdadeiros no lar. Os que desejam trabalhar na vinha do Mestre devem se preparar mediante o atento cultivo do pedacinho da vinha que foi por Ele entregue ao seu cuidado. MJ 144 1 Como um homem imagina "no seu coração, assim é". Provérbios 23:7. Muitos pensamentos fazem a história não escrita de um só dia; e esses pensamentos têm muito que ver com a formação do caráter. Nossos pensamentos devem ser estritamente guardados; pois um pensamento impuro causa uma profunda impressão na mente. Mau pensamento significa más impressões. Se os pensamentos são puros e santos, o homem se torna melhor por havê-los nutrido. Por eles é avivado o pulso espiritual, aumentada a capacidade de fazer o bem. E como uma gota de chuva prepara o caminho para outra no umedecer a terra, assim um bom pensamento prepara o caminho para outro. MJ 144 2 A mais longa jornada é feita dando-se um passo de cada vez. Uma sucessão de passos leva-nos ao fim da viagem. A mais longa corrente é composta de elos separados. Se um deles é defeituoso, a corrente não tem valor. O mesmo se dá quanto ao caráter. Um caráter bem equilibrado se compõe de ações isoladas praticadas do melhor modo. Um defeito cultivado em vez de ser vencido torna o homem imperfeito, fechando-lhe a porta da Santa Cidade. O que entra no Céu deve possuir um caráter sem mancha nem ruga ou coisa semelhante. Coisa alguma que contamine poderá jamais ali penetrar. Em toda a multidão dos remidos, não se verá defeito algum. Fidelidade na vida diária MJ 144 3 A obra de Deus é perfeita em seu todo, porque o é em todas as partes, por mais insignificantes. Ele molda a pequenina haste da grama com tanto cuidado como o faria ao criar um mundo. Se desejamos ser perfeitos, como é perfeito nosso Pai que está nos Céus, devemos ser fiéis, nas coisas pequeninas. Aquilo que merece ser feito, merece ser bem-feito. Seja qual for a sua obra, executem-na fielmente. Falem a verdade a respeito dos mais insignificantes assuntos. Pratiquem dia a dia atos de amor, e digam palavras animadoras. Espalhem sorrisos através da estrada da vida. Ao trabalharem assim, Deus lhes dará Sua aprovação, e Cristo lhes dirá um dia: "Muito bem, empregado bom e fiel." Mateus 25:21. MJ 145 1 No dia do juízo, os que houverem sido fiéis em sua vida diária, prontos a verem a obra que lhes cumpria fazer e a executá-la, não pensando no louvor ou no proveito, ouvirão as palavras: "Venham, vocês que são abençoados pelo Meu Pai! Venham e recebam o reino que o Meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo." Mateus 25:34. Cristo não os elogia pelos eloquentes discursos que proferiram, a capacidade intelectual que manifestaram, ou os liberais donativos que fizeram. É por fazer pequenas coisas em geral passadas por alto, que são recompensados. "Pois Eu estava com fome, e vocês Me deram comida", diz Ele. Mateus 25:35. "Quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos Meus irmãos, foi a Mim que fizeram." Mateus 25:40. -- The Youth's Instructor, 17 de Janeiro de 1901. ------------------------Capítulo 38 -- Responsabilidade pela luz MJ 146 1 Rapazes e moças, vocês são responsáveis para com Deus pela luz que Ele lhes tem dado. Essa luz e as advertências, caso desatendidas, se erguerão contra vocês no juízo. Seus perigos têm sido claramente expostos; têm sido advertidos e guardados de todos os lados, cercados de advertências. Na casa de Deus, vocês têm ouvido as mais solenes e esquadrinhadoras verdades apresentadas pelos servos de Deus, cheios do Espírito. Que peso têm esses solenes apelos sobre seu coração? Que influência exercem sobre seu caráter? Vocês serão responsáveis por todos esses apelos e advertências. Eles se erguerão no juízo para condenar os que prosseguem em uma vida de vaidade, orgulho e leviandade. MJ 146 2 Queridos jovens amigos, aquilo que semearem, isso vão colher. Agora é o tempo da semeadura para vocês. Qual será a colheita? Que estão semeando? Cada palavra que dizem, cada ato que praticam, é uma semente que produzirá bom ou mau fruto, e que resultará em alegria ou tristeza para o semeador. Conforme a semente lançada, será a colheita. Deus lhes tem dado grande luz e muitos privilégios. Depois de comunicada a luz, depois de claramente expostos os riscos que correm, fica sobre vocês a responsabilidade. A maneira por que tratam a luz que Deus lhes envia fará pender a balança para a felicidade ou o infortúnio. Vocês mesmos estão moldando o próprio destino. -- Testemunhos Selectos 1:347. ------------------------Capítulo 39 -- Dedicação total MJ 147 1 Quando os quatro jovens hebreus estavam sendo educados para a corte do rei de Babilônia não julgaram que a bênção do Senhor fosse um substituto para o árduo esforço que deles era requerido. Foram diligentes no estudo; pois discerniram que, mediante a graça de Deus, seu destino dependia da própria vontade e atuação. Deviam utilizar toda a habilidade no que viessem a realizar; e mediante o esmerado e rigoroso esforço de suas faculdades, deviam aproveitar o melhor possível as oportunidades de estudo e trabalho. Cooperação com Deus MJ 147 2 Enquanto esses jovens estavam atuando em favor da própria salvação, neles efetuava Deus o querer e o realizar segundo a Sua boa vontade. Aí estão as condições para o sucesso. Para nos apropriarmos da graça de Deus, devemos fazer a nossa parte. O Senhor não Se propõe a realizar por nós o querer ou o efetuar. Sua graça é concedida para operar em nós o querer e o realizar, mas nunca em substituição de nosso esforço. Nosso interesse tem de ser despertado para cooperar. O Espírito Santo trabalha em nós, para que possamos participar de nossa salvação. Eis a lição prática que o Espírito Santo Se deseja nos ensinar. "Pois Deus está sempre agindo em vocês para que obedeçam à vontade dEle, tanto no pensamento como nas ações." Filipenses 2:13. MJ 147 3 O Senhor cooperará com todos quantos se esforçarem diligentemente para serem fiéis em Seu serviço, assim como cooperou com Daniel e seus três companheiros. Finas qualidades mentais e um elevado padrão de caráter moral não são conseqüências do acaso. Deus dá oportunidades; o sucesso depende de como as aproveitamos. As portas abertas pela Providência devem ser logo percebidas e diligentemente aproveitadas. Muitos poderiam se tornar homens poderosos se, como Daniel, confiassem em Deus quanto à graça para ser vitoriosos, e aplicassem a força e eficiência para realizar seu trabalho. Serviço feito de todo o coração MJ 148 1 Dirijo-me a vocês, rapazes: Sejam fiéis. Coloquem o coração no seu trabalho. Não imitem a ninguém que seja preguiçoso e se dedica pouco ao que faz. As ações, muitas vezes repetidas, formam hábitos, e os hábitos formam o caráter. Executem com paciência os pequeninos deveres da vida. Enquanto menosprezarem o valor da fidelidade nos pequenos deveres, a edificação do caráter não será satisfatória. Aos olhos da Onipotência, todo dever é importante. O Senhor disse: "Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes." Lucas 16:10. Não há, na vida de um verdadeiro cristão, coisas não essenciais. MJ 148 2 Muitos que se dizem cristãos trabalham em oposição aos propósitos de Deus. Muitos estão esperando que alguma grande obra lhes seja apresentada. Perdem diariamente oportunidades de mostrar sua fidelidade para com Deus; deixam cada dia de realizar de coração os pequeninos deveres da vida, que se lhes parecem desinteressantes. Enquanto esperam alguma grande obra em que exerçam seus talentos, supostamente grandes, satisfazendo assim seus ambiciosos anelos, a vida passa. MJ 148 3 Queridos amigos jovens, façam o trabalho que lhes estiver mais à mão. Prestem atenção a qualquer humilde ramo de esforço ao seu alcance. Coloquem a mente e o coração ao realizar esse trabalho. Forcem os pensamentos a uma inteligente ação nas coisas que podem realizar em casa. Assim estarão se preparando para maior utilidade. Lembrem-se de que está escrito acerca do rei Ezequias: "Tudo o que fez... deu certo porque ele procurou sempre seguir com todo o coração a vontade de Deus." 2 Crônicas 31:21. O valor da concentração MJ 149 1 A capacidade de fixar os pensamentos na obra que deve ser realizada é uma grande bênção. Os jovens tementes a Deus devem se esforçar por realizar seus deveres com total consideração, mantendo os pensamentos na direção devida, e fazendo o melhor possível. Devem reconhecer seus deveres presentes, cumprindo-os sem permitir que os pensamentos divaguem. Essa espécie de disciplina mental será útil e benéfica no decorrer de toda a vida. Os que aprendem a pôr o pensamento em tudo quanto empreendem, por pequena que a obra possa parecer, serão úteis no mundo. MJ 149 2 Queridos jovens, sejam fervorosos, sejam perseverantes. "Estejam prontos para agir". 1 Pedro 1:13. Coloquem-se como Daniel, o fiel hebreu, que propôs em seu coração ser fiel a Deus. Não decepcionem seus pais e amigos. E Outro há que deve ser lembrado. Não decepcionem Aquele que os amou tanto que deu Sua vida, a fim de lhes tornar possível ser colaboradores de Deus. O mais elevado motivo MJ 149 3 O desejo de honrar a Deus deve constituir para nós o mais poderoso de todos os motivos. Ele nos deve impelir a fazer todo esforço para aproveitar os privilégios e as oportunidades que nos são proporcionados a fim de compreendermos a maneira de empregar sabiamente os bens do Senhor. Deve levar-nos a manter o cérebro, os ossos, os músculos e nervos no mais saudável estado, para que nossas forças físicas e clareza mental nos tornem mordomos fiéis. Caso você permita, o interesse egoísta irá atrapalhar o desenvolvimento mental e endurecer o coração; e se lhe for permitido exercer domínio, irá destruir a força moral. Sobrevém assim a decepção. ... MJ 150 1 O verdadeiro êxito é concedido aos homens e às mulheres pelo Deus que fez Daniel ser bem-sucedido. Aquele que lia o coração de Daniel contemplava com prazer a pureza de motivos de Seu servo, sua determinação de honrar ao Senhor. Os que, em sua vida, cumprem o desígnio de Deus, devem exercer penosos esforços, aplicando-se cuidadosa e diligentemente à execução de qualquer coisa que Ele lhes dê a fazer. -- The Youth's Instructor, 20 de Agosto de 1903. Permanente alegria MJ 150 2 E por todo o íngreme trilho que conduz à vida eterna encontram-se nascentes de alegria para refrigerar o cansado. Os que andam pelo caminho da sabedoria são, mesmo quando atribulados, eminentemente alegres; pois Aquele a quem amam caminha, invisível, ao seu lado. A cada passo ascendente, percebem, mais distintamente, o contato de Sua mão; a cada passo, mais raios de glória vindos do Invisível incidem sobre seu caminho; e seus hinos de louvor, alcançando sempre mais elevada nota, sobem para unir-se aos cânticos dos anjos perante o trono. -- O Maior Discurso de Cristo, 140. ------------------------Capítulo 40 -- O exercício da vontade MJ 151 1 A religião pura tem que ver com a vontade. A vontade é o poder que rege a natureza humana, pondo todas as outras faculdades sob seu comando. A vontade não é o gosto nem a inclinação, mas o poder que decide, o qual atua nos filhos dos homens para a obediência a Deus ou para a desobediência. Instabilidade e dúvida MJ 151 2 Você é um jovem sábio; deseja tornar sua vida tal que o habilite enfim para o Céu. Por vezes você fica desanimado ao se achar fraco em poder moral, escravizado à dúvida e dominado pelos hábitos e costumes da antiga vida de pecado. Acha que sua natureza emocional o atraiçoa, a você, às suas melhores resoluções e aos seus mais solenes votos. Coisa alguma parece real. Sua própria instabilidade o leva a duvidar da sinceridade dos que afirmam desejar o seu bem. Quanto mais você luta com a dúvida, tanto mais irreal tudo se lhe apresenta, até que parece não haver terreno firme para você em parte alguma. Suas promessas são como cordas de areia, e você olha sob o mesmo aspecto irreal as palavras e obras daqueles em quem deveria confiar. Força mediante a entrega da vontade MJ 151 3 Você estará em perigo constante enquanto não compreender a verdadeira força de vontade. Pode crer e prometer tudo, mas suas promessas ou sua fé não têm qualquer valor enquanto não puser a vontade ao lado da fé e da ação. Se combater o combate da fé com toda a sua força de vontade, você vai vencer. Não se pode confiar em seus sentimentos, suas impressões, suas emoções, pois não são dignos disso, especialmente com as pervertidas idéias que tem; e o conhecimento das promessas não cumpridas e dos votos que você violou lhe enfraquece a confiança própria, bem como a confiança dos outros em você. MJ 152 1 Você não precisa, porém, se desesperar. Deve estar determinado a crer, embora coisa alguma lhe pareça verdadeira e real. Não é preciso dizer-lhe que foi você mesmo que se colocou nessa não invejável situação. Você deve reconquistar a confiança em Deus e nos irmãos. Cumpre-lhe sujeitar a vontade à vontade de Jesus Cristo; e, quando assim fizer, Deus tomará imediatamente posse, realizando em você o querer e o efetuar segundo a Sua boa vontade. Toda a sua natureza será então submetida ao domínio do Espírito de Cristo; e os seus próprios pensamentos estarão sujeitos a Ele. MJ 152 2 Você não pode controlar seus impulsos, emoções, segundo deseja; mas pode dominar a vontade e pode realizar uma inteira mudança em sua vida. Entregando a Cristo o seu querer, sua vida estará escondida nEle em Deus, e aliada ao poder que se acha acima de todos os principados e potestades. Você receberá de Deus força que o ligará firmemente a Sua força; e uma nova luz, a própria luz da fé viva, lhe será disponibilizada. Sua vontade, porém, deve estar de acordo com a vontade de Deus, e não com a das companhias por meio de quem Satanás está continuamente agindo para enredá-lo e destruí-lo. MJ 153 1 Você não quer, sem demora, acertar seu relacionamento com Deus? Por que não dizer: "Entregarei minha vontade a Jesus, e o farei agora mesmo"? E desse momento em diante estar inteiramente do lado do Senhor. Despreze o costume e o forte clamor do apetite e da paixão. Não dê a Satanás oportunidade de dizer: "Você é um miserável hipócrita." Feche essa porta, de maneira que Satanás não o acuse e desanime. Diga: "Crerei, creio que Deus é meu Ajudador", e você perceberá que é vencedor em Deus. Mediante a firme conservação da vontade do lado do Senhor, toda emoção será feita cativa da vontade de Jesus. Apoiará então os pés sobre a firme rocha. Será preciso, por vezes, usar toda a reserva de força de vontade que possui, mas é Deus quem está agindo em seu favor, e sairá do processo de moldagem um vaso para honra. Vontade de Deus unida à vontade humana MJ 153 2 Fale de fé. Mantenha-se ao lado de Deus. Não coloque o pé no lado do inimigo, e o Senhor será o seu Ajudador. Ele fará por você aquilo que não lhe é possível fazer por si mesmo. O resultado será que se tornará como um "cedro do Líbano". Sua vida será nobre e suas obras serão realizadas em Deus. Haverá em você um poder, um zelo e simplicidade que o tornarão um refinado instrumento nas mãos de Deus. MJ 153 3 Você necessita beber diariamente da fonte da verdade, a fim de poder compreender o segredo do prazer e da alegria no Senhor. Mas deve lembrar-se de que sua vontade é a fonte de todas as suas ações. Esta vontade, que constitui tão importante fator no caráter do homem, foi, pela queda, entregue ao domínio de Satanás; e desde então ele tem estado operando no homem o querer e o realizar segundo a sua vontade, mas para inteira ruína e miséria humanas. MJ 154 1 O infinito sacrifício de Deus, porém, em dar Jesus, Seu amado Filho, para Se tornar um sacrifício pelo pecado, habilita-O a dizer, sem violar um princípio de Seu governo: "Submeta-se a Mim; dê-Me sua vontade; tire-a do domínio de Satanás, e dela Me apoderarei; então posso operar em você o querer e o realizar segundo a Minha boa vontade." Quando Ele lhe dá a mente de Cristo, sua vontade se torna como a Sua vontade, e seu caráter se transforma para ser semelhante ao caráter de Cristo. É seu propósito fazer a vontade de Deus? Deseja obedecer às Escrituras? "Se alguém quer ser Meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como Eu vou morrer e Me acompanhe." Marcos 8:34. MJ 154 2 Você não está absolutamente seguindo a Cristo, a menos que se recuse a satisfazer a própria inclinação e resolva obedecer a Deus. Não são os seus sentimentos, suas emoções, que o tornam um filho de Deus, mas o fazer a Sua vontade. Uma vida de utilidade se acha diante de você, caso sua vontade se alie à de Deus. Então, na varonilidade de que Ele o dotou, será um exemplo de boas obras. Ajudará assim a manter regras de disciplina, em vez de ajudar a quebrá-las. Ajudará então a manter ordem, em vez de desprezá-la e incitar à irregularidade de vida por seu próprio modo de proceder. MJ 154 3 Digo-lhe no temor de Deus: Eu sei o que você pode ser, se colocar sua vontade do lado do Senhor. "Somos companheiros de trabalho no serviço de Deus." 1 Coríntios 3:9. Você pode estar fazendo sua obra para o tempo e a eternidade, de maneira que ela resista à prova do juízo. Você vai tentar? Mudará agora completamente de direção? Você é alvo do amor e da intercessão de Cristo. Irá se entregar agora a Deus e ajudará os que são colocados como sentinelas para zelar pelos interesses de Sua obra, em vez de lhes causar desgosto e desânimo? -- Testemunhos Para a Igreja 5:513-516. É indispensável esforço especial MJ 155 1 Deus determinou meios para que, se nós os usarmos diligentemente e com oração, ninguém sofra naufrágio, mas resista à tempestade e à tormenta, e ancore num Céu de bem-aventuranças afinal. Mas se desprezarmos e negligenciarmos essas providências e privilégios, Deus não fará um milagre para salvar a qualquer um de nós, e estaremos perdidos como Judas e Satanás. MJ 155 2 Não pensem que Deus operará um milagre para salvar aquelas pessoas fracas que acariciam o mal, que praticam o pecado; ou que será trazido para sua vida algum elemento sobrenatural que os eleve do eu para uma esfera superior, onde será comparativamente fácil trabalhar sem qualquer esforço especial, qualquer luta especial, sem qualquer crucifixão do eu, pois todos os que se demoram no terreno de Satanás, perecerão com os malfeitores. Serão repentinamente destruídos. E isso irremediavelmente. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 453. ------------------------Capítulo 41 -- Guia divina MJ 156 1 Há três maneiras pelas quais o Senhor nos revela Sua vontade para nos guiar. ... MJ 156 2 Deus nos manifesta Sua vontade na Sua Palavra, as Santas Escrituras. MJ 156 3 Sua voz revela-se também em Suas providenciais atuações; e nós a distinguiremos, se dEle não nos separarmos, andando em nossos próprios caminhos, agindo segundo nossa vontade, e seguindo os impulsos de um coração não santificado, até que o senso se torna tão confuso que as coisas eternas deixam de ser discernidas, e a voz de Satanás é tão distinta que se aceita como a voz de Deus. MJ 156 4 Outro modo pelo qual se ouve a voz do Senhor é mediante os apelos de Seu Santo Espírito, produzindo no coração impressões que se desenvolverão no caráter. MJ 156 5 Se estão em dúvida quanto a qualquer ponto, consultem primeiro as Escrituras. Se começaram verdadeiramente a vida da fé, tendo se entregado ao Senhor, para ser inteiramente Seu, e Ele os tem aceito para lhes moldar e aperfeiçoar segundo o Seu desígnio, para que sejam um vaso para honra. Devem sentir desejo sincero de ser maleáveis em Suas mãos, seguindo aonde quer que Ele os dirija. Estão então confiando nEle para que realize Seus desígnios, ao mesmo tempo que com Ele cooperam, operando sua salvação com temor e tremor. -- Testemunhos Para a Igreja 5:512. ------------------------Capítulo 42 -- A atuação silenciosa do Espírito Santo MJ 157 1 A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Baseia-se na morte para o pecado e no início de uma vida nova. Essa mudança só pode ser efetuada mediante a eficaz atuação do Espírito Santo. MJ 157 2 Nicodemos continuava confuso, e Jesus empregou o vento para ilustrar o que desejava dizer: "O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com os que nascem do Espírito." João 3:8. MJ 157 3 Ouve-se o vento por entre os ramos das árvores, fazendo sussurrar as folhas e as flores; é todavia invisível, e homem algum sabe de onde ele vem, nem o que realizará depois. O mesmo se dá quanto à atuação do Espírito Santo no ser humano. Como os movimentos do vento, não pode ser explicada. Talvez uma pessoa não seja capaz de dizer o tempo ou o lugar exatos de sua conversão, nem delinear todas as circunstâncias no processo da mesma; isso, porém, não prova não estar ela convertida. Mediante um agente tão invisível como o vento, está Cristo continuamente atuando no coração. Pouco a pouco, sem que o objeto dessa obra tenha talvez consciência do fato, produzem-se impressões que tendem a atrair a pessoa para Cristo. Estas podem ser adquiridas meditando nEle, lendo as Escrituras, ou ouvindo a palavra do pregador. De repente, ao chegar o Espírito com um apelo mais direto, a pessoa se entrega alegremente a Jesus. Isso, que pode ser interpretado por alguns como uma conversão repentina; é, no entanto, o resultado de um longo processo de conquista efetuado pelo Espírito de Deus -- processo paciente e demorado. MJ 158 1 Se bem que o vento seja invisível, seus efeitos são vistos e sentidos. Assim a obra do Espírito se revelará em cada ato daquele que experimentou o poder salvador. Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade, a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza e o semblante reflete a luz do Céu. Ninguém vê a mão que suspende o fardo, nem a luz que desce das cortes celestiais. A bênção vem quando, pela fé, a pessoa se entrega a Deus. ... MJ 158 2 É impossível à mente finita compreender a obra da redenção. Seu mistério excede ao conhecimento humano; todavia, aquele que passa da morte para a vida percebe que é uma divina realidade. Podemos perceber o começo da redenção aqui, mediante uma experiência pessoal. Seus resultados estendem-se através da eternidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 172, 173. Evidência de auxílio divino MJ 158 3 Se alguém experimenta um sentimento de necessidade em seu coração, se tem fome e sede de justiça, isso é prova de que Cristo está atuado em seu coração, chamando a atenção, para realizar, mediante o dom do Espírito Santo, aquilo que é impossível uma pessoa realizar em seu próprio benefício. -- O Maior Discurso de Cristo, 19. ------------------------Capítulo 43 -- O Cristo que habita em nós MJ 159 1 Se estivermos arraigados e fundamentados em amor, poderemos, junto com todo o povo de Deus, "compreender o amor de Cristo em toda a sua largura, comprimento, altura e profundidade". Efésios 3:18, 19. Oh, preciosas possibilidades e encorajamento! No coração humano, purificado de toda a impureza moral, habita o precioso Salvador, enobrecendo, santificando toda a natureza, e fazendo do homem um templo do Espírito Santo. ... Sua resposta à nossa fé MJ 159 2 Estamos em Cristo como resultado de uma fé viva. Ele habita em nosso coração pela nossa apropriação individual da fé. Temos a companhia da presença divina e, ao reconhecermos essa presença, nossos pensamentos são levados cativos a Jesus Cristo. Nossos exercícios espirituais estão de acordo com a intensidade de nosso senso dessa companhia. Dessa maneira andou Enoque com Deus; e Cristo habita em nosso coração pela fé quando consideramos o que Ele é para nós, e que obra tem realizado por nós no plano da redenção. Seremos muito felizes se cultivarmos o senso dessa grande dádiva de Deus ao nosso mundo e a nós pessoalmente. MJ 159 3 Tais pensamentos têm um poder controlador sobre todo o caráter. Desejo impressionar-lhes a mente com o fato de que sempre podem ter com vocês um companheiro divino se assim o quiserem. "Que relação pode haver entre o Templo de Deus e os ídolos? Pois nós somos o templo do Deus vivo, como o próprio Deus já disse: 'Eu vou morar e viver com eles. Serei o Deus deles, e eles serão o Meu povo'." 2 Coríntios 6:16. Moldados por seu amor MJ 160 1 E ao se demorar a mente sobre Cristo, o caráter é moldado à semelhança divina. Os pensamentos são impregnados do senso de Sua bondade e de Seu amor. Contemplamos-Lhe o caráter e assim Ele está em todos os nossos pensamentos. Seu amor nos rodeia. Se olharmos ainda que por um momento para o Sol em sua glória meridiana, ao desviarmos os olhos, em tudo que olharmos aparecerá a imagem do Sol. O mesmo se dá quando contemplamos a Jesus; tudo para que olhamos reflete Sua imagem, o Sol da Justiça. Não podemos ver outra coisa, nem falar de qualquer outra coisa. Sua imagem está impressa na retina da alma e afeta cada parte de nossa vida diária, suavizando e dominando toda a nossa natureza. Contemplando, ajustamo-nos à semelhança divina, a saber, à semelhança de Cristo. A todos aqueles com quem nos associamos refletimos os brilhantes e alegres raios de Sua justiça. Nosso caráter foi transformado; pois o coração, a alma, a mente são iluminados pelos reflexos dAquele que nos amou e a Si mesmo Se deu por nós. Aqui, de novo há o reconhecimento de uma influência pessoal e viva a habitar pela fé em nosso coração. MJ 160 2 Sempre que Suas palavras de instrução têm sido recebidas e de nós se têm apossado, Jesus é para nós uma presença permanente, dominando-nos os pensamentos, idéias e ações. Somos imbuídos da instrução do maior dos mestres que o mundo já conheceu. O senso da responsabilidade humana e da influência humana dá certa firmeza aos nossos pontos de vista quanto à vida e aos deveres diários. Jesus Cristo é tudo em nós: o primeiro, o último, o melhor em tudo. Jesus Cristo, Seu Espírito, Seu caráter, dá cor a cada coisa; é a urdidura e a trama, o próprio tecido de todo o nosso ser. As palavras de Cristo são espírito e vida. Não podemos, então, centralizar nossos pensamentos sobre o eu; não somos mais nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós, e Ele é a esperança da glória. O eu está morto, mas Cristo é um Salvador vivo. Continuando a olhar para Jesus, refletimos-Lhe a imagem a todos os que nos rodeiam. Não podemos parar para considerar nossos desapontamentos ou mesmo para neles falar; pois um quadro mais agradável nos atrai a vista: o precioso amor de Jesus. Ele habita em nós pela Palavra da verdade. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 387-390. A pérola de grande preço MJ 161 1 Devemos entregar-nos a Cristo, para viver uma vida de obediência voluntária a todos os Seus reclamos. Tudo que somos, todos os talentos e habilidades que possuímos, são do Senhor para serem consagrados a Seu serviço. Quando assim nos rendemos inteiramente a Ele, Cristo Se entrega a nós com todos os tesouros do Céu. Adquirimos a pérola de grande preço. -- Parábolas de Jesus, 116. ------------------------Capítulo 44 -- Abnegação MJ 162 1 Jesus esvaziou a Si mesmo e, em tudo quanto fez, o próprio Eu não aparecia. Subordinava todas as coisas à vontade de Seu Pai. Quando Sua missão na Terra estava prestes a terminar, foi-Lhe possível dizer: "Eu revelei no mundo a Tua natureza gloriosa, terminando assim o trabalho que Me deste para fazer." João 17:4. Ele nos pede: "Aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde." Mateus 11:29. "Se alguém quer ser Meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses" (Mateus 16:24); que o próprio eu seja destronado e nunca mais possua a supremacia do coração. MJ 162 2 Aquele que contempla a Cristo em Sua abnegação, em Sua humildade de coração será constrangido a dizer, como o fez Daniel quando viu Alguém semelhante aos filhos dos homens: "Fiquei pálido de medo e perdi as forças." Daniel 10:8. ... A natureza humana está sempre lutando por se manifestar, pronta para a luta; mas aquele que aprende de Cristo, esvazia-se do próprio eu, do orgulho, do amor da supremacia, e há silêncio na alma. O próprio eu é colocado ao dispor do Espírito Santo. Não andamos então ansiosos de ocupar o primeiro lugar. Não ambicionamos comprimir e acotovelar para nos pôr em destaque; mas sentimos que nosso mais alto lugar é aos pés de nosso Salvador. Olhamos para Jesus, esperando que Sua mão nos conduza, escutando Sua voz, em busca de guia. O apóstolo Paulo teve essa experiência, e disse: "Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se deu a Si mesmo por mim." Gálatas 2:20. -- O Maior Discurso de Cristo, 30, 31. ------------------------Capítulo 45 -- Caráter aprovado MJ 163 1 Os jovens precisam ser instruídos com cuidado e oração, para que edifiquem o caráter sobre o permanente alicerce. A razão por que tantos cometem erros graves é não darem ouvidos aos ensinos da experiência. O conselho dos pais e professores é perdido para eles, e cedem às tentações do inimigo. Deus ama os jovens. Neles vê grandes possibilidades para o bem, caso compreendam a necessidade que têm de Cristo e construam sobre o firme fundamento. Conhece-lhes também as provações. Sabe que terão de combater contra os poderes das trevas que lutam para adquirir domínio sobre a mente humana; e Ele abriu o caminho pelo qual os rapazes e as moças se podem tornar participantes da natureza divina. ... Perseverante esforço MJ 163 2 O caráter não é obra do acaso. Não é determinado por uma explosão de temperamento, um passo dado em direção errada. É a repetição dos atos que dá origem a um hábito, moldando o caráter para o bem ou para o mal. Um caráter reto não se forma senão por meio de perseverante, incansável esforço, pelo aproveitamento de todo talento e aptidão que nos foram concedidos para a glória de Deus. Em vez de agir assim, muitos se permitem flutuar ao sabor dos impulsos ou circunstâncias. Não por carência de habilidades, mas porque não compreendem que Deus requer que, como jovens, procedam da melhor maneira. MJ 164 1 Se os jovens de hoje desejam resistir à semelhança de Daniel, precisam exercitar ao máximo cada fibra, cada nervo espiritual. O Senhor não deseja que permaneçam como aprendizes. Deseja que atinjam o mais elevado grau de excelência. Deseja que alcancem o mais alto lance da escada, para que daí entrem no reino de Deus. A influência das amizades MJ 164 2 Os jovens que deixam o lar, não mais se achando sob o vigilante cuidado dos pais, passam a usar de sua liberdade de escolher suas amizades. Devem lembrar-se de que os olhos de seu Pai celeste se acham sobre eles, vendo cada uma de suas necessidades, cada uma das suas tentações. Encontram-se sempre nas escolas alguns jovens que, por sua maneira de proceder, mostram ter o espírito moldado para agir com maldade. Por uma educação menos sábia na infância, desenvolveram caráter defeituoso; e, à medida que avançaram em anos, essas falhas se tornaram mais evidentes a ponto de lhes arruinar a experiência. Essas pessoas, por preceito e por exemplo, desencaminham os que demonstram menor força moral. MJ 164 3 O tempo é ouro, queridos jovens. Não devemos pôr em risco nossa salvação semeando joio. Não podemos ser menos cuidadosos quanto aos companheiros que escolhemos. Atentem para o que há de nobre no caráter dos outros, e esses traços se tornarão uma força moral para que possam resistir ao pecado e escolher o bem. Fixem alto o ideal. Seus pais e professores, que amam e temem a Deus, podem acompanhá-los dia e noite com orações; eles, agora, só podem advertir e suplicar. Mas tudo isso será em vão se escolherem amigos inadequados. Se não perceberem o perigo real e pensarem que têm tanto o direito de proceder bem como o de proceder mal, segundo lhes parecer, não discernirão que o fermento da impiedade lhe está perigosamente infeccionando e corrompendo a mente. Cristo é nossa única esperança MJ 165 1 Cristo foi afligido, insultado, maltratado; à esquerda e à direita era Ele assaltado por tentações, e todavia não pecou, antes apresentou a Deus obediência perfeita, inteiramente satisfatória. Removeu assim toda sombra de desculpa à desobediência. Veio para demonstrar a maneira de obedecer, de observar todos os mandamentos. Lançou mão do poder divino, e é esta a única esperança do pecador. Deu a vida para que o ser humano tivesse a possibilidade de partilhar da natureza divina, havendo escapado à corrupção que se encontra no mundo mediante a concupiscência. ... MJ 165 2 Deus tem dado talentos aos jovens que lhes cumpre desenvolver para Sua glória; muitos, porém, aplicam esses dons a ações não santificadas ou completamente profanas. Muitos possuem aptidões que, se fossem cultivadas, produziriam abundante colheita de aquisições mentais, morais e físicas. Mas não se detêm a considerar. Não pesam o custo de sua maneira de proceder. Incentivam uma negligência e loucura que não dá ouvidos a conselhos ou reprovação. Isso é um terrível erro. Os jovens seriam sensatos, se imaginassem que os olhos de Deus estão sobre eles, que Seus anjos estão observando o desenvolvimento do caráter e pesando o valor moral. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1899. ------------------------Capítulo 46 -- A presença de Cristo MJ 166 1 A religião de Cristo significa mais que o perdão dos pecados; significa remover nossos pecados e encher o vazio com as graças do Espírito Santo. Significa iluminação divina e regozijo em Deus. Significa um coração despojado do próprio eu e abençoado pela presença de Cristo. Quando Cristo reina no coração, há pureza e libertação do pecado. A glória, a plenitude, a perfeição do plano do evangelho são cumpridas na vida. A aceitação do Salvador traz paz perfeita, perfeito amor, segurança perfeita. A beleza e a fragrância do caráter de Cristo manifestadas na vida testificam de que em verdade Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvá-lo. ... MJ 166 2 Cristo tem sido companheiro diário, amigo familiar, de Seus fiéis seguidores. Eles viveram em contato íntimo, em comunhão constante com Deus. A glória de Deus resplandeceu sobre eles. Refletiu-se neles a luz do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Agora se regozijam nos raios não ofuscados do resplendor e glória do Rei, em Sua majestade. Estão preparados para a comunhão do Céu; pois têm o Céu no coração. -- Parábolas de Jesus, 419-421. MJ 168 1 A verdadeira educação significa mais que um certo curso de estudo. É vasta. Inclui o harmônico desenvolvimento de todas as aptidões físicas e das faculdades mentais. Ensina o amor e o temor de Deus, sendo o preparo para o fiel desempenho dos deveres da vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 58. MJ 168 2 Verdadeira educação é o preparo das faculdades físicas, mentais e morais para a execução de todo dever; é o adestramento do corpo, mente e alma para o serviço divino. Esta é a educação que perdurará para a vida eterna. -- Parábolas de Jesus, pág. 330. ------------------------Capítulo 47 -- Colaboradores do mestre MJ 169 1 A mente humana pode ser cultivada até um nível elevadíssimo. Uma vida devotada a Deus não deve ser uma vida de ignorância. Muitos falam contra a instrução, devido a ter Jesus escolhido pescadores incultos para pregar Seu evangelho. Afirmam haver Ele mostrado preferência pelos ignorantes. Muitas pessoas instruídas e de destaque acreditaram em Seus ensinos. Houvessem estas, destemidamente, obedecido às convicções da consciência, e O teriam seguido. Suas aptidões teriam sido aceitas e empregadas no serviço de Cristo, caso as houvessem oferecido. Não tiveram, no entanto, força moral, em presença dos severos sacerdotes e ciumentos príncipes, para confessar a Cristo e arriscar a própria reputação, ligando-se ao humilde Galileu. MJ 169 2 Aquele que conhecia o coração de todos compreendeu isto. Se os educados e nobres não queriam fazer a obra que se achavam habilitados a executar, Cristo escolheria homens que seriam obedientes e fiéis no cumprimento de Sua vontade. Escolheu homens humildes e uniu-os a Si, a fim de os educar para levar avante na Terra a grande obra, quando tivesse que deixá-los. O grande educador MJ 169 3 Cristo era a luz do mundo. A fonte de todo o conhecimento. Era capaz de habilitar os ignorantes pescadores para receber a mais alta missão que lhes queria confiar. As lições da verdade, ministradas a esses homens simples, eram do mais poderoso significado. Deviam abalar o mundo. Parecia ser algo simples para Jesus relacionar-Se com essas humildes pessoas; foi, porém, um acontecimento que produziu os mais extraordinários resultados. Suas palavras e obras deviam revolucionar o mundo. MJ 170 1 Jesus não desprezava a educação. A mais alta cultura do espírito, quando santificada mediante o amor e o temor de Deus, recebe Sua inteira aprovação. Os humildes homens escolhidos por Cristo estiveram com Ele por três anos, sujeitos à enobrecedora influência da Majestade do Céu. Cristo foi o maior Educador que o mundo já conheceu. MJ 170 2 Deus aceitará os jovens com seus talentos e a riqueza de suas afeições, caso a Ele se consagrem. Eles podem atingir o mais elevado grau de grandeza intelectual; e, se forem equilibrados pelos princípios religiosos, poderão levar avante a obra que Cristo veio do Céu efetuar, sendo assim colaboradores do Mestre. MJ 170 3 Os alunos de nosso Colégio têm valiosos privilégios, não somente de obter conhecimentos científicos, mas também de aprender a cultivar e pôr em prática virtudes que lhes proporcionarão caráter equilibrado. São os agentes morais de Deus. Os talentos da fortuna, da posição e da inteligência, são por Deus concedidos, em depósito, a fim de serem sabiamente aproveitados. Essas diversas habilidades, Ele distribuiu proporcionalmente às conhecidas faculdades e aptidões de Seus servos -- a cada um a sua obra. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1877. ------------------------Capítulo 48 -- A verdadeira educação MJ 171 1 A verdadeira educação consiste no fixar idéias que impressionem a mente e o coração com o conhecimento de Deus, o Criador, e de Cristo, o Redentor. Essa espécie de educação renovará a mente e transformará o caráter. Robustecerá e fortificará a mente contra as enganadoras insinuações do adversário, habilitando-nos a conhecer a voz de Deus. Habilitará o instruído a se tornar colaborador de Cristo. MJ 171 2 Se nossos jovens adquirirem esse conhecimento, serão capazes de obter tudo mais que é essencial; se não, todo o conhecimento que possam receber do mundo não os colocará nas fileiras do Senhor. Poderão reunir todo o saber proporcionado pelos livros, e ser ainda ignorantes dos princípios básicos daquela justiça que lhes poderia dar um caráter aprovado por Deus. MJ 171 3 Os que estão buscando conhecimentos nas escolas da Terra devem lembrar que outra escola os reclama também como alunos -- a escola de Cristo. Dessa, nunca os alunos saem graduados. Entre seus discípulos há idosos e jovens. Os que dão ouvidos às instruções do divino Mestre estão sem cessar adquirindo mais sabedoria e nobreza de alma, achando-se assim preparados para entrar naquela escola superior, onde o progresso continuará por toda a eternidade. MJ 171 4 A Infinita Sabedoria põe diante de nós as grandes lições da vida -- as lições do dever e da felicidade. Podem ser difíceis de aprender, mas sem elas não podemos fazer o menor progresso verdadeiro. Talvez nos custem esforço, lágrimas e mesmo angústias; não devemos, porém, vacilar ou desistir. É neste mundo, entre suas provas e tentações, que nos devemos tornar aptos para a sociedade dos puros e santos anjos. Os que se envolvem com estudos de menos importância, de modo a deixar de aprender na escola de Cristo, vão ao encontro de ilimitado prejuízo. MJ 172 1 Toda faculdade, todo potencial com que o Criador dotou os filhos dos homens, deve ser empregado para Sua glória; e neste uso encontra-se seu mais puro, mais nobre e feliz exercício. Os princípios do Céu devem estar em primeiro lugar na vida, e todo passo que se dê na aquisição de conhecimentos ou na cultura do intelecto, deve ser no sentido da assimilação do divino pelo humano. -- Fundamentos da Educação Cristã, 543, 544. O essencial MJ 172 2 A educação essencial aos nossos jovens hoje em dia, e a que os habilitará para os cursos superiores da escola do alto, é aquela que os ensinará a revelar ao mundo a vontade de Deus. -- The Review and Herald, 24 de Outubro de 1907. A educação superior MJ 172 3 Aqueles que se aplicam a conhecer os caminhos e a vontade de Deus estão recebendo a mais alta educação oferecida aos mortais. Estão edificando sua experiência, não com os sofismas do mundo, mas com os princípios eternos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 36. ------------------------Capítulo 49 -- A necessidade de educação cristã MJ 173 1 Deus requer o cultivo das faculdades mentais. É Seu desígnio que Seus servos possuam mais inteligência e mais claro discernimento que os mundanos, e Se desagrada dos que são muito descuidados ou preguiçosos para se tornarem obreiros eficientes e bem-preparados. Deus nos manda amá-Lo de todo o coração, de toda a alma, com toda a força, e com todo o entendimento. Isso nos impõe a obrigação de desenvolver o intelecto até a mais plena capacidade, para que com todo o entendimento conheçamos e amemos nosso Criador. MJ 173 2 Se for submetido à direção do Espírito, quanto mais perfeitamente cultivado o intelecto, tanto mais eficazmente poderá ser usado no serviço do Senhor. O homem iletrado que é consagrado a Deus e deseja abençoar a outros pode ser e é utilizado pelo Senhor em Seu serviço. Mas os que, com o mesmo espírito de consagração, tiveram o benefício de uma instrução completa, podem fazer obra muito mais extensa para Cristo. Estão em posição vantajosa. Serviço mais elevado MJ 173 3 O Senhor deseja que obtenhamos toda a instrução possível, com o objetivo de partilhar com outros nosso conhecimento. Ninguém pode saber onde nem como será chamado para trabalhar ou falar para Deus. Somente nosso Pai celeste vê o que pode fazer do homem. Há perante nós possibilidades que nossa fraca fé não percebe. Nossa mente deve estar tão treinada que, se necessário, possamos expor as verdades da Palavra de Deus perante as mais altas autoridades terrenas, de maneira tal que glorifique Seu nome. Não devemos perder oportunidade alguma de preparar-nos intelectualmente para a obra de Deus. Educação completa MJ 174 1 Que os jovens que necessitam de instrução dediquem-se com determinação para obtê-la. Não esperem uma oportunidade, criem-na vocês mesmos. Aproveitem qualquer meio que se apresente. Pratiquem a economia; não gastem o seu dinheiro na satisfação do apetite nem em divertimentos. Sejam decididos em se tornar úteis e eficientes como Deus o quer. Sejam pontuais e fiéis em tudo quanto fizerem. Aproveitem toda oportunidade para fortalecer o intelecto. Seja o estudo de livros combinado com um útil trabalho manual, e retenham por esforço fiel, vigilância e oração, a sabedoria que é de cima. Isso lhes dará educação completa. Assim podem crescer no caráter e ter influência sobre outras mentes, habilitando-se a conduzi-las na estrada da justiça e santidade. MJ 174 2 Muito mais poderia ser conseguido no crescimento individual, se estivéssemos alerta para as nossas próprias oportunidades e privilégios. Verdadeira instrução significa mais do que os colégios podem dar. Embora o estudo das ciências não deva ser negligenciado, deve ser obtida maior instrução mediante ligação vital com Deus. Que cada estudante tome sua Bíblia e ponha-se em comunhão com o grande Mestre. Que a mente seja treinada e disciplinada para lutar com os problemas difíceis na pesquisa da verdade divina. Conhecimento e disciplina MJ 175 1 Os que têm fome de conhecimento para tornarem-se uma bênção para seus semelhantes, receberão eles mesmos bênçãos de Deus. Pelo estudo da Palavra, suas forças mentais serão estimuladas a uma atividade fervorosa. Haverá expansão e desenvolvimento das faculdades e a mente adquirirá capacidade e eficiência. MJ 175 2 Cumpre a todo o que quiser ser servo de Deus exercer o domínio de si mesmo. Isso efetuará mais que a eloqüência ou os talentos mais brilhantes. -- Parábolas de Jesus, 334, 335. A expectativa dos pais MJ 175 3 É sempre melhor e mais seguro fazer o que é direito porque é direito. Vamos fazer agora algumas sérias reflexões? Pensar corretamente é a base do correto proceder. Assentem na mente que vocês vão corresponder às expectativas de seus pais, que vão fazer fiéis esforços para se distinguirem, que cuidarão em que o dinheiro gasto com vocês não tenha sido mal aplicado e desperdiçado. Formem decidido propósito de cooperar com os esforços feitos pelos pais e os mestres, alcançando uma elevada norma de conhecimentos e de caráter. Determinem-se a não decepcionar os que os amam o bastante para confiar em vocês. É valoroso proceder retamente, e Jesus os ajudará a fazê-lo, caso queiram fazer justamente porque é direito. -- Fundamentos da Educação Cristã, 248. ------------------------Capítulo 50 -- A eternidade como objetivo MJ 176 1 João disse: "Escrevo a vocês, jovens, porque são fortes. A mensagem de Deus vive em vocês, e vocês já venceram o maligno." 1 João 2:14. E Paulo exorta Tito a pedir aos jovens que sejam "prudentes". Tito 2:6. Elevem sua alma para ser como Daniel, um leal e firme servo do Senhor dos Exércitos. Ponderem bem o caminho de seus pés; pois pisam em terra santa, e os anjos de Deus estão ao seu redor. MJ 176 2 É justo sentirem que devem chegar ao mais alto degrau da escada educacional. A Filosofia e a História são importantes estudos; mas o sacrifício de tempo e dinheiro de nada valerá se não empregarem suas realizações para a honra de Deus e o bem da humanidade. A menos que o conhecimento científico seja um degrau para a obtenção de mais altos objetivos, é sem valor. MJ 176 3 É inútil a educação que não fornece conhecimento tão duradouro como a eternidade. A não ser que mantenham o Céu e a vida futura e imortal diante de vocês, suas realizações não são de valor permanente. Se, porém, Jesus for o seu mestre, não somente um dia da semana, mas todos os dias, todas as horas, poderão receber a Sua aprovação na busca das realizações intelectuais. -- Fundamentos da Educação Cristã, 191, 192. ------------------------Capítulo 51 -- Preparo prático MJ 177 1 O trabalho manual útil faz parte do plano evangélico. O grande Mestre, envolto na coluna de nuvem, deu a Israel orientação para que a todo jovem fosse ensinada alguma atividade prática. Era, portanto, costume dos judeus, tanto das classes mais privilegiadas como das mais pobres, ensinar a seus filhos e filhas algum trabalho manual, de modo que, no caso de virem a surgir circunstâncias adversas, não ficassem na dependência de outros, mas estivessem habilitados a prover às próprias necessidades. Podiam ser instruídos em ramos literários, mas tinham de ser exercitados também em algum ofício. Isso era julgado parte indispensável de sua educação. Educação equilibrada MJ 177 2 Agora, como nos dias de Israel, todo jovem precisa ser instruído nos deveres da vida prática. Cada um deve adquirir conhecimentos em algum ramo de trabalho manual que, em caso de necessidade, lhe possa proporcionar um meio de vida. Isso é essencial, não somente como proteção contra as dificuldades da vida, mas em virtude de seu efeito sobre o desenvolvimento físico, mental e moral. Ainda que fosse certo não vir alguém a precisar de recorrer ao trabalho manual como meio de subsistência, devia ainda assim aprender a trabalhar. Sem exercício físico, ninguém pode ter constituição sadia e vigorosa saúde; e a disciplina de serviços bem regulados não é menos essencial para ter uma mente ativa e caráter nobre. MJ 178 1 Os alunos que adquiriram conhecimento de livros sem obter o do trabalho prático, não podem alegar possuir educação simétrica. As energias que deveriam ter sido consagradas a ofícios vários têm sido negligenciadas. A educação não consiste em usar apenas o cérebro. A ocupação física é parte do preparo essencial a todo jovem. Falta um importante aspecto de educação, se o estudante não aprender a se envolver em trabalho útil. MJ 178 2 O saudável exercício de todo o ser proporcionará uma educação vasta e abrangente. Todo estudante deve dedicar parte de cada dia ao trabalho ativo. Assim se formarão hábitos industriosos, animando-se um espírito de confiança em si mesmo, ao mesmo tempo que os jovens serão protegidos contra muitas práticas más e degradantes que geralmente resultam da ociosidade. E tudo isso se acha de acordo com o objetivo primário da educação; pois estimulando a atividade, a diligência e a pureza, estamos nos colocando em harmonia com o Criador. O benefício do trabalho útil MJ 178 3 O maior benefício não se obtém do mero exercício em si mesmo, como o que se pratica nos esportes. Há certo benefício em estar ao ar livre, assim como no movimento dos músculos; seja, porém, a mesma quantidade de energia dedicada à realização de um trabalho útil, e maior será o benefício. Experimentar-se-á um sentimento de satisfação, pois tal exercício traz consigo o senso da utilidade e a aprovação da consciência pelo dever bem cumprido. MJ 179 1 Os alunos devem sair de nossas escolas com educada eficiência, de maneira que, ao se acharem na dependência dos recursos próprios, possuam conhecimentos de que se possam servir e que são necessários ao sucesso na vida. O estudo diligente é essencial, do mesmo modo que o diligente e árduo trabalho. Divertir-se não é essencial. A dedicação das energias físicas ao divertimento não é muito favorável a um espírito bem equilibrado. Se o tempo empregado em exercício físico que, passo a passo conduz ao excesso, fosse utilizado em trabalhar segundo os moldes de Cristo, a bênção de Deus repousaria sobre o trabalhador. MJ 179 2 A disciplina para a vida prática, adquirida mediante o trabalho físico aliado ao esforço mental, é suavizada pela reflexão de estar ele habilitando a mente e o corpo para melhor realizar a obra que Deus designou que os homens fizessem. Quanto mais perfeitamente os jovens compreenderem a maneira de realizar os deveres da vida prática, tanto maior será cada dia sua satisfação em ser útil aos outros. A mente educada a fruir trabalho útil amplia-se; por meio de exercício e da disciplina, é habilitada a servir, pois adquiriu assim o conhecimento essencial para tornar seu possuidor uma bênção para os outros. MJ 179 3 Não posso encontrar na vida de Cristo um exemplo de que dedicou tempo para esbanjar e Se divertir. Ele era o grande Educador para a vida presente e futura; todavia, não fui capaz de achar uma ocasião em que ensinasse os discípulos a se entregar à diversão a fim de obter exercício físico. ... Aprenda a cozinhar MJ 179 4 Tanto aos rapazes como às moças deve ser ensinado a cozinhar economicamente, e a dispensar, na alimentação, qualquer artigo cárneo. Não estimule absolutamente o preparo de pratos compostos de qualquer tipo de carne; pois isso é voltar-se às trevas e à ignorância do Egito, e não à pureza da reforma de saúde. MJ 180 1 Especialmente as mulheres devem aprender a cozinhar. Que parte da educação de uma menina é tão importante como esta? Sejam quais forem suas circunstâncias na vida, aí se encontra um conhecimento que lhe é possível pôr em uso prático. ... No campo missionário MJ 180 2 A cultura em todos os pontos da vida prática tornará nossos jovens úteis, quando houverem deixado a escola para ir a países estrangeiros. Não terão assim de esperar que o povo para o qual vão costure e cozinhe para eles, ou lhes construa habitações. E exercerão muito mais influência, caso se mostrem aptos a educar o ignorante na maneira de trabalhar segundo os mais vantajosos métodos, e de modo a produzir os melhores resultados. Menos recursos serão exigidos para a manutenção de missionários assim, pois têm empregado da maneira mais proveitosa as suas faculdades físicas em trabalho útil e prático aliado aos seus estudos. Isso será apreciado nos lugares em que os meios são difíceis. Eles revelarão que os missionários se podem tornar educadores no ensino do modo de trabalhar. E aonde quer que forem, tudo quanto houverem alcançado nesse sentido lhes proporcionará uma posição firme. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 307-309, 313, 314. ------------------------Capítulo 52 -- Lealdade MJ 181 1 Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade devem possuir aquele grau de domínio próprio e força de princípios religiosos que os habilite a ficar inabaláveis em meio às tentações, e a erguer-se por Cristo no colégio, nas casas em que estiverem como pensionistas, ou onde quer que se encontrem. A religião não deve ser usada apenas como uma capa na casa de Deus; os princípios religiosos devem caracterizar a vida inteira. Caráter e comportamento MJ 181 2 Os que estão bebendo da fonte da vida não devem, à semelhança dos mundanos, manifestar um ansioso desejo de novidades e prazeres. Em sua conduta e caráter, manifestarão tranqüilidade, paz e felicidade que encontraram em Jesus, depondo diariamente as dificuldades e preocupações aos pés de Cristo. Mostram que, no caminho da obediência e do dever, há contentamento e mesmo alegria. Tais pessoas exercerão sobre seus seguidores uma influência que se fará sentir sobre toda a escola. ... MJ 181 3 Um jovem sincero, consciencioso e fiel numa escola é um inestimável tesouro. Anjos celestes contemplam-no amorosamente, e no Livro do Céu se acha registrada cada obra de justiça, cada tentação resistida e cada mal vencido. Ele está estabelecendo um firme fundamento para o tempo por vir, a fim de poder desfrutar a vida eterna. MJ 182 1 Dos jovens cristãos depende, em grande medida, a conservação e a perpetuidade das instituições planejadas por Deus como meio de fazer progredir Sua obra. Jamais houve uma época em que tão importantes resultados dependessem de uma geração. Quão importante, pois, que os jovens estejam habilitados para esta grande obra, a fim de que Deus Se possa usá-los como instrumentos! Os direitos do Criador sobre eles estão acima de todos os demais. ... Disciplina escolar MJ 182 2 O caráter inculto e descuidoso de muitos jovens nesta época do mundo aflige o coração. Se os jovens pudessem ver que, andando em harmonia com as leis e regulamentos de nossas instituições, estão apenas fazendo o que lhes dará mais vantagem na sociedade, elevará o caráter, enobrecerá a mente e aumentará a felicidade, não se rebelariam contra regras justas e exigências benéficas, nem se empenhariam em levantar suspeitas e preconceitos contra essas instituições. MJ 182 3 Nossos jovens devem enfrentar, com energia e fidelidade, as exigências que lhes são impostas; e isto será uma garantia de sucesso. Jovens que nunca foram bem-sucedidos nos deveres temporais da vida estarão da mesma maneira mal preparados para se empenhar nos mais elevados deveres. Uma experiência religiosa só se obtém mediante conflito, decepção, rigorosa disciplina do próprio eu e fervorosa oração. Os passos em direção do Céu devem ser dados um após outro; e cada passo avante comunica força para o que vem a seguir. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 98-100. ------------------------Capítulo 53 -- Oportunidades que passam MJ 183 1 Alunos, cooperem com os seus professores. Assim fazendo, dão-lhes ânimo e esperança. São-lhes um auxílio, ao mesmo tempo que ajudam a si mesmos a progredir. Lembrem-se de que depende em grande parte de vocês o se colocarem os seus professores vantajosamente, o ser a sua obra um reconhecido sucesso. Têm de ser discípulos no mais alto sentido da palavra, vendo por trás do mestre o próprio Deus, e o mestre cooperando com Ele. MJ 183 2 Estão passando rapidamente as suas oportunidades de trabalhar. Vocês não têm tempo para gastar só com a satisfação própria. Unicamente se esforçando com diligência em busca de sucesso, vocês conseguirão a verdadeira felicidade. Preciosas são as oportunidades a vocês oferecidas durante o tempo que passam na escola. Tornem a vida de estudante a mais perfeita possível. Não percorrerão essa atividade senão uma única vez. E de vocês depende que esse trabalho seja um sucesso ou um fracasso. Ao serem bem-sucedidos na obtenção de conhecimento bíblico, estarão acumulando tesouros para distribuir. Auxiliar a outros MJ 183 3 Se vocês têm um colega atrasado, expliquem-lhe a lição que não compreende. Isto ajudará sua própria compreensão. Usem palavras simples; exponham as idéias em linguagem clara e fácil. MJ 183 4 Ajudando ao colega, estarão sendo úteis aos professores. E muitas vezes alguém cuja mente parece lenta, captará mais depressa as idéias de um aluno que de um professor. Esta é a cooperação que Cristo aprova. O grande Mestre lhes está ao lado, auxiliando-os a ajudar aquele que está mais atrasado. MJ 184 1 Talvez vocês tenham, em sua vida escolar, oportunidades de falar ao pobre e ao ignorante, das maravilhosas verdades da Palavra de Deus. Aproveitem toda oportunidade de o fazer. O Senhor abençoará cada momento assim passado. -- Testemunhos Para a Igreja 7:275, 276. Perfeito domínio das matérias básicas MJ 184 2 Não fiquem satisfeitos com um padrão baixo. Ao irem para a escola, certifiquem-se de o fazer com um nobre e santo objetivo. Vão porque desejam habilitar-se para o serviço em qualquer parte da vinha do Senhor. Façam tudo ao seu alcance para atingir esse objetivo. É-lhes dado fazer por vocês mesmos mais do que seria possível a qualquer outro realizar em seu benefício. E, se fizerem por vocês tudo que puderem, que fardo tirarão de cima do diretor e dos professores! MJ 184 3 Antes de tentar estudar os ramos mais elevados do conhecimento literário, estejam certos de compreender perfeitamente as simples regras de gramática da língua materna, havendo também aprendido a ler e escrever corretamente. ... MJ 184 4 Não gastem tempo em estudar aquilo que de pouca utilidade lhes será na vida posterior. Em lugar de se esforçarem no estudo dos clássicos, aprendam primeiro a falar corretamente a língua materna. Aprendam como escriturar contas. Adquiram conhecimento dos ramos de estudo que os ajudarão a ser úteis onde quer que se encontrem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 218, 219. ------------------------Capítulo 54 -- Preparo para servir MJ 185 1 Considerando a luz que tem sido dada por Deus, é de admirar não haver dezenas e dezenas de moços e moças indagando: "Senhor, que queres que eu faça?" É um perigoso engano imaginar que, a menos que um jovem tenha se decidido a consagrar-se ao ministério, não se deva fazer algum esforço especial a fim de habilitá-lo para a obra de Deus. Seja qual for a sua vocação, é essencial que desenvolvam, por meio do estudo diligente, as aptidões de que são dotados. MJ 185 2 Os jovens de ambos os sexos devem ser estimulados a valorizar as bênçãos enviadas pelo Céu como oportunidades de se tornarem bem disciplinados e inteligentes. Cumpre-lhes aproveitar as escolas estabelecidas para comunicar o melhor dos conhecimentos. É pecado ser preguiçoso e descuidado quanto a obter educação. O tempo é curto e, portanto, visto que o Senhor deverá voltar em breve para pôr termo às cenas da história terrestre, é tanto maior a necessidade de aproveitar as ocasiões e os privilégios atuais. Consagrar a Deus as habilidades MJ 185 3 Os moços e as moças devem freqüentar nossas escolas, onde é possível obter conhecimento e disciplina. Devem consagrar a Deus suas habilidades, tornar-se diligentes estudantes da Bíblia, a fim de se fortalecerem contra doutrinas errôneas, e não serem desencaminhados pelos erros dos ímpios; pois é mediante a diligente pesquisa da Escritura que obtemos o conhecimento do que é a verdade. Pela observância da verdade que já conhecemos, mais luz brilhará sobre nós, vinda da Santa Palavra. ... MJ 186 1 Os que são sinceramente consagrados a Deus não entrarão na obra levados pelos mesmos motivos que induzem os homens a se envolverem em negócios mundanos, meramente por amor da subsistência; mas tomarão parte na obra sem permitir que nenhuma consideração mundana os domine, compreendendo a santidade da causa de Deus. Futuras necessidades MJ 186 2 O mundo tem de ser advertido, e nenhuma pessoa deve ficar satisfeita com um conhecimento superficial da verdade. Não sabem a que responsabilidade podem ser chamados. Ignoram onde lhes poderão convidar a ser testemunhas da verdade. Muitos terão de se apresentar nas cortes legislativas; alguns perante reis e diante dos sábios da Terra, para responderem por sua fé. MJ 186 3 Os que não têm senão um superficial conhecimento da verdade não serão capazes de expor claramente as Escrituras e dar razões definidas da fé que possuem. Ficarão confusos e não serão obreiros que não têm de que se envergonhar. Que ninguém imagine não precisar estudar, visto não ter de pregar do sagrado púlpito. Não sabem o que Deus pode requerer de vocês. MJ 186 4 É lamentável que o progresso da causa seja atrapalhado pela falta de obreiros educados, que tenham se preparado para cargos de confiança. O Senhor aceitará milhares para trabalharem em Sua seara, mas muitos têm deixado de se preparar para a obra. Todo aquele, porém, que abraçou a causa de Cristo, que se ofereceu como soldado do exército do Senhor, deve colocar-se onde lhe seja possível exercitar-se fielmente. A religião tem, na verdade, significado bem pouco para os professos seguidores de Cristo; pois não é vontade de Deus que alguém permaneça na ignorância quando ao seu alcance têm sido colocados a sabedoria e o conhecimento. -- Fundamentos da Educação Cristã, 216, 217. Equilibrados por justos princípios MJ 187 1 Não é verdade que os jovens mais inteligentes sejam sempre os que mais sucesso conseguem. Quantas vezes homens de talento e educação têm sido colocados em cargos de confiança, demonstrando-se um fracasso! Seu brilho tinha aparência de ouro, mas, quando provado, mostrou-se apenas metal falso e escória. Fizeram de sua obra um fracasso devido à falta de fidelidade. Não eram diligentes e perseverantes, e não iam ao fundo das coisas. Não estavam dispostos a começar do início da escada, subindo, mediante paciente trabalho, degrau após degrau, até chegar ao topo. Caminharam nas faíscas (seus brilhantes lampejos e idéias) que eles mesmos acenderam. Não confiaram na sabedoria que só Deus pode dar. Sua falha não proveio de falta de oportunidade, mas da falta de sobriedade. Não sentiram que suas vantagens de educação lhes eram de valor, e assim não avançaram como podiam ter feito no conhecimento da religião e da ciência. Seu espírito e caráter não foram equilibrados por elevados princípios de justiça. -- Fundamentos da Educação Cristã, 193. ------------------------Capítulo 55 -- Vontade de progredir MJ 188 1 Se cada um avaliasse a responsabilidade que tem diante de Deus por sua influência pessoal, de maneira alguma seria um ocioso, mas cultivaria suas habilidades e exercitaria cada faculdade, a fim de poder servir Àquele que o comprou com o próprio sangue. MJ 188 2 Os jovens, especialmente, devem sentir que lhes cumpre exercitar a mente e aproveitar toda oportunidade de se tornar inteligentes, para oferecerem serviço aceitável Àquele que por eles deu Sua preciosa vida. E ninguém cometa o erro de se considerar tão bem-educado que não tenha mais necessidade de estudar em livros ou a natureza. Aproveite cada um toda ocasião com que, na providência de Deus, ele é favorecido, para adquirir tudo quanto é possível na revelação ou no conhecimento. MJ 188 3 Devemos aprender a valorizar devidamente as faculdades com que Deus nos dotou. Se um jovem tem de começar no primeiro degrau da escada, não se deve desanimar, mas determinar-se a subir degrau após degrau, até ouvir a voz de Cristo dizendo: "Filho, vem mais para cima. 'Muito bem, empregado bom e fiel. ... Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!'" Mateus 25:21. -- Fundamentos da Educação Cristã, 213. ------------------------Capítulo 56 -- A verdadeira sabedoria MJ 189 1 Rapazes e moças podem obter a mais elevada educação, e ainda ser ignorantes dos primeiros princípios que os tornariam súditos do reino de Deus. O saber humano não pode habilitar ninguém para o reino celeste. Os súditos do reino de Cristo não se tornam assim por formas e cerimônias, ou por longos estudos de livros. "E a vida eterna é esta: que eles conheçam a Ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo." João 17:3. A Bíblia e a ciência MJ 189 2 As Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos devem ser diariamente estudadas. O conhecimento de Deus e Sua sabedoria advêm ao estudante que aprende constantemente o que diz respeito a Seus caminhos e obras. A Bíblia deve ser nossa luz, nosso educador. Quando os jovens aprenderem a crer que Deus envia o orvalho, a chuva e a luz solar do céu, fazendo com que a vegetação floresça; quando compreenderem que todas as bênçãos dEle provêm, e que Lhe são devidos ações de graças e louvores, aprenderão a reconhecer a Deus em todos os seus caminhos e a realizarem fielmente seus deveres dia a dia; Deus estará em todos os seus pensamentos. ... MJ 189 3 Muitos jovens, falando sobre Ciência, são mais sábios do que aquilo que se acha escrito. Procuram explicar os caminhos de Deus por qualquer maneira que lhes satisfaz a compreensão finita; mas tudo isto é lamentável fracasso. A verdadeira Ciência e a Inspiração se acham em perfeita harmonia. A falsa ciência é qualquer coisa à parte de Deus. É pretensiosa ignorância. MJ 190 1 Um dos maiores males que têm acompanhado a procura do conhecimento, a busca da Ciência, é que os que se entregam a essas pesquisas perdem demasiadas vezes de vista o caráter divino da religião pura e não adulterada. Os sábios mundanos têm buscado explicar, com princípios científicos, a influência do Espírito de Deus no coração. A menor ousadia nesta direção conduzirá a mente aos labirintos do ceticismo. A religião da Bíblia é simplesmente o mistério da piedade; nenhuma mente humana pode compreendê-lo plenamente, e é de todo incompreensível ao coração não regenerado. Ensinados por Deus MJ 190 2 Os jovens não se tornarão mentalmente fracos ou ineficientes por se dedicarem ao serviço de Deus. Para muitos, educação significa conhecimento de livros; mas "para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor". Salmos 111:10. A menor criança que ame e tema a Deus é maior aos Seus olhos que o mais talentoso e culto que negligencia a questão da salvação pessoal. Os jovens que consagram o coração e a vida a Deus estão se pondo em ligação com a Fonte de toda a sabedoria e excelência. MJ 190 3 Se os jovens aprenderem tão-somente do Mestre celestial, como fez Daniel, saberão por si mesmos que o temor do Senhor é, na verdade, o princípio da sabedoria. Havendo posto assim um firme fundamento podem, como Daniel, tirar o melhor proveito de todo privilégio e oportunidade, e elevar-se a qualquer altura nas realizações intelectuais. Consagrados a Deus, e tendo a proteção de Sua graça e a vivificadora influência de Seu Santo Espírito, manifestarão mais profundo poder intelectual que os mundanos. MJ 191 1 Aprender a Ciência mediante a interpretação que lhe é dada pelos homens é obter uma falsa educação. Aprender de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou, é aprender a ciência da Bíblia. Os puros de coração vêem Deus em toda providência, em todo aspecto da verdadeira educação. Reconhecem a primeira aproximação da luz que irradia do trono divino. São enviadas comunicações do Céu aos que perceberem os primeiros raios do conhecimento espiritual. MJ 191 2 Os alunos em nossas escolas devem considerar o conhecimento de Deus como superior a tudo mais. Unicamente por meio da pesquisa das Escrituras pode esse conhecimento ser atingido. "A mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. Pois as Escrituras Sagradas dizem: 'Destruirei a sabedoria dos sábios e acabarei com o conhecimento dos instruídos.' ... Aquilo que parece ser a loucura de Deus é mais sábio do que a sabedoria humana, e aquilo que parece ser a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana. ... E é por meio de Cristo que somos aceitos por Deus, nos tornamos o povo de Deus e somos salvos. Portanto, como as Escrituras Sagradas dizem: 'Quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz.'" 1 Coríntios 1:18-31. -- The Youth's Instructor, 24 de Novembro de 1903. ------------------------Capítulo 57 -- Uma norma elevada MJ 192 1 Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de assegurar uma preparação para a Sua obra. Espera que Lhe submetamos todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à sua santidade e importantes responsabilidades. MJ 192 2 Muitos dos que são qualificados para fazer um trabalho excelente obtêm pouco porque pouco empreendem. Muitos atravessam a vida como se não tivessem nenhum grande objetivo, nenhum ideal a atingir. Uma das razões por que isso acontece é o baixo valor que colocam sobre si mesmos. Cristo pagou um infinito preço por nós e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos. MJ 192 3 Não se contentem em atingir um ideal baixo. Não somos o que poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus nos concedeu faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses do Seu reino. Manter a personalidade MJ 192 4 Ninguém deve consentir em ser uma simples máquina, comandada pela mente de outro homem. Deus nos concedeu poder para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar funções de responsabilidade. Mantenham a personalidade que receberam de Deus. Não sejam a sombra de outra pessoa. Esperem que o Senhor atue em vocês, com vocês e por vocês. MJ 193 1 Nunca pensem que já aprenderam o suficiente e que podem afrouxar agora seus esforços. A mente cultivada é a medida do homem. Sua educação deve continuar através da vida inteira; devem aprender todos os dias, e pôr em prática os conhecimentos adquiridos. MJ 193 2 Lembrem-se de que em qualquer posição em que servirem estão revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for seu trabalho, façam-no com exatidão, com diligência; vençam a inclinação de procurar uma ocupação fácil. Serviço sincero MJ 193 3 O mesmo espírito e princípios que animam o trabalho de cada dia irão se manifestar através de toda a vida. Os que desejam apenas uma quantidade determinada de trabalho e um salário fixo, e que procuram encontrar um emprego exatamente adaptado às suas habilidades, sem a necessidade de se preocupar em adquirir novos conhecimentos e em aperfeiçoar-se, não são os que Deus chama a trabalhar em Sua causa. Os que procuram dar o menos possível de suas forças físicas, espirituais e morais não são os trabalhadores sobre quem derramará abundantes bênçãos. Seu exemplo é contagioso. O interesse próprio é seu motivo supremo. Os que necessitam ser vigiados e trabalham apenas quando cada dever lhes é especificado não pertencem ao número dos que serão chamados bons e fiéis. São necessários trabalhadores que manifestem energia, integridade, diligência, e que estejam prontos a colaborar no que seja preciso fazer. ... MJ 193 4 Muitos se tornam inúteis ao fugir de responsabilidades com medo de falhar. Deixam assim de adquirir a educação que provém das lições da experiência, e que a leitura ou estudo e quaisquer outras vantagens ganhas não lhes podem dar. MJ 194 1 O homem pode moldar as circunstâncias, mas não deve permitir que as circunstâncias o moldem. Devemos aproveitá-las como instrumentos de trabalho; sujeitá-las, mas não deixar que elas nos sujeitem. MJ 194 2 Os homens de energia são aqueles que sofreram a oposição, o escárnio e os obstáculos. Pondo suas energias em ação, os obstáculos que encontram constituem para eles declaradas bênçãos. Ganham confiança em si mesmos. Os conflitos e dificuldades exigem o exercício da confiança em Deus, e aquela firmeza que desenvolve a força. -- A Ciência do Bom Viver, 498-500. Tirar o máximo proveito da vida MJ 194 3 Conquanto uma boa educação, se aliada à consagração naquele que a possui, seja grande benefício, os que não têm o privilégio de adquirir elevado grau de cultura intelectual não precisam pensar que não lhes seja possível progredir na vida intelectual e espiritual. Caso aproveitem da melhor maneira o conhecimento que possuem, se buscarem ajuntar dia a dia qualquer coisa à sua reserva de conhecimentos, e se vencerem toda perversidade de temperamento mediante o atento cultivo de traços cristãos de caráter, Deus lhes abrirá canais de sabedoria, e deles se poderá dizer, como outrora acerca dos filhos dos hebreus: Deus lhes deu sabedoria e entendimento. -- Fundamentos da Educação Cristã, 192, 193. MJ 196 1 Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo! Quão depressa poderia vir o fim -- o fim do sofrimento, tristeza e pecado! Quão depressa, em lugar desta possessão aqui, com sua mancha de pecado e dor, poderiam nossos filhos receber a sua herança onde "os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre", onde "morador nenhum dirá: Enfermo estou", e "nunca mais se ouvirá nela voz de choro"! -- Educação, pág. 271. ------------------------Capítulo 58 -- Os Jovens São Chamados A Ser Obreiros MJ 197 1 Há muitos jovens cristãos que podem realizar uma boa obra se quiserem aprender lições na escola de Cristo, do grande Mestre. Ainda que os pastores, evangelistas e mestres negligenciassem buscar os perdidos, não se deveriam as crianças e os jovens descuidar de ser praticantes da Palavra. ... MJ 197 2 Vão jovens, rapazes e moças, e crianças ao trabalho, em nome de Jesus! Unam-se em algum plano ou ordem de ação. Vocês podem organizar um grupo de obreiros, e ter ocasiões determinadas para orar juntos e pedir ao Senhor que lhes dê Sua graça, desenvolvendo uma ação unida. Devem consultar homens que amam e temem a Deus, e possuem experiência na obra, para que, sob a atuação do Espírito de Deus, formem planos e desenvolvam métodos pelos quais lhes seja possível trabalhar com zelo e obter seguros resultados. O Senhor ajudará os que empregarem as habilidades que Ele lhes confiou para Sua honra e glória. Não se tornarão missionários vivos nossos rapazes e moças que crêem na verdade? ... Trabalhar com fé MJ 197 3 Ao trabalharem para outros, o divino poder do Espírito atuará em sua vida; pois foram comprados pelo sangue do unigênito Filho de Deus. Só podemos ser bem-sucedidos em salvar as pessoas por quem Cristo morreu, ao confiarmos na graça e poder de Deus para realizar a obra de convencer e converter o coração. Enquanto lhes apresentam a verdade do Senhor, descrença e incerteza lutarão por dominar sua mente, mas a palavra empenhada de Deus pode lhes expulsar a dúvida do coração. MJ 198 1 Confiem na palavra de Deus e trabalhem com fé. Satanás virá com sugestões para fazê-los desconfiar da palavra do Pai celeste; considerem, porém: "O que não se baseia na fé é pecado." Romanos 14:23. Forcem sua fé através das negras sombras de Satanás, colocando-a sobre o propiciatório, não permitindo que nenhuma dúvida seja nutrida. Será esse o único meio pelo qual alcançarão experiência, e acharão a evidência tão essencial à sua paz e confiança. MJ 198 2 À medida que sua experiência aumenta, vocês sentirão mais entusiasmo na alma e mais fervoroso amor pelo serviço de Deus, pois têm com Jesus Cristo o mesmo objetivo. Suas simpatias são nascidas do Espírito Santo. Levam o jugo com Cristo e são colaboradores de Deus. -- The Youth's Instructor, 9 de Agosto de 1894. Chamado de voluntários MJ 198 3 O Senhor chama voluntários que assumam firmemente posição ao Seu lado e façam o voto de unirem-se a Jesus de Nazaré, para fazer justamente o serviço que precisa ser feito agora, e exatamente agora. -- Fundamentos da Educação Cristã, 488. ------------------------Capítulo 59 -- Deus espera muito MJ 199 1 Pesadas responsabilidades recaem sobre os jovens. Deus espera muito dos jovens que vivem nesta geração de luz e conhecimento grandemente aumentados. Ele quer usá-los para dissipar o erro e a superstição que estão obscurecendo o entendimento de muitos. Os jovens devem disciplinar-se adquirindo para si a maior porção de conhecimento e experiência. Deus os considera responsáveis pelas oportunidades que lhes concede. O trabalho que está perante eles espera por seus dedicados esforços, para que possa ser expandido em todas as direções, de acordo com a exigência do tempo. MJ 199 2 Se os jovens consagrarem entendimento e coração ao serviço do Senhor, poderão alcançar alta norma de eficiência e utilidade. Essa é a norma que Ele espera que os jovens atinjam. Fazer menos do que isso é deixar de aproveitar completamente as oportunidades concedidas por Deus. Isso será considerado traição a Deus -- deixar de trabalhar para o bem da humanidade. MJ 199 3 Que estão fazendo, queridos jovens, para tornar conhecido de outros quão importante é tomar a Palavra de Deus por guia e observar os mandamentos de Jeová? Estão, por preceito e exemplo, declarando que é só pela obediência à Palavra de Deus que o homem pode ser salvo? Se fizerem o que puderem, serão uma bênção para outros. Ao agirem segundo a sua melhor capacidade, novas oportunidades se abrirão diante de vocês para realizar ainda mais. -- The Youth's Instructor, 10 de Janeiro de 1907. ------------------------Capítulo 60 -- Testemunhar em favor de Cristo MJ 200 1 Todos quantos se acham ao lado do Senhor devem confessar a Cristo. "Vocês são as Minhas testemunhas, diz o Senhor." A fé do crente genuíno se manifestará em pureza e santidade de caráter. A fé atua por amor e purifica a vida, e com a fé haverá correspondente obediência, uma prática fiel das palavras de Cristo. O cristianismo é sempre intensamente prático, adaptando-se a todas as circunstâncias da vida real. "Vocês são as Minhas testemunhas." Diante de quem? -- Diante do mundo; pois devem levar com vocês, aonde quer que forem, uma santa influência. Cristo deve habitar no seu coração, e cumpre-lhes falar a Seu respeito e manifestar os encantos de Seu caráter. Nossas conversas MJ 200 2 A religião moderna de nossos dias tem por tal forma moldado o caráter, que jovens que professam a Cristo mal Lhe mencionam o nome aos companheiros. Conversam sobre muitos assuntos, mas não tornam tema de conversação o precioso plano da redenção. Como cristãos praticantes, mudemos esta ordem de coisas, e anunciemos "os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a Sua maravilhosa luz". 1 Pedro 2:9. Se Cristo habita no coração pela fé, vocês não podem se manter em silêncio. Se acharam a Jesus, serão verdadeiros missionários. Devem ser entusiastas neste sentido, e fazer com que os que não apreciam a Jesus saibam que Ele é precioso em sua vida, que lhes tem posto um novo cântico nos lábios, isto é, um louvor a Deus. MJ 201 1 Meus jovens amigos, vocês começarão a vida cristã como aqueles cujo coração se acha aquecido pelo amor de Jesus? Não saberão nunca o bem que lhes é dado fazer dirigindo com ternura palavras sensatas, sérias, aos que não professam ser filhos de Deus, acerca da sua salvação. Por outro lado, talvez jamais venham a saber, até ao juízo, quantas ocasiões de ser testemunhas de Cristo deixaram de aproveitar! Talvez nunca venham a saber neste mundo o dano que causaram a algumas pessoas por seus pequeninos atos de futilidade, sua vulgar conversação, sua leviandade, os quais estavam em completa incoerência com a sua santa fé. A conquista dos queridos MJ 201 2 É verdade que talvez sintam uma espécie de ansiedade pelas pessoas que vocês amam. Talvez busquem abrir-lhes os tesouros da verdade e, em seu zelo, derramem lágrimas pela salvação delas; mas, quando suas palavras não parecem produzir senão pouca impressão, e não há, aparentemente, resposta às suas orações, sentem-se quase inclinados a culpar a Deus por seu esforço não produzir frutos. Sentem que seus queridos têm um coração especialmente duro, e não correspondem aos esforços que fazem. Mas acaso pensaram seriamente que a falta pode estar em vocês mesmos? Pensaram que podem estar a quebrar com uma das mãos aquilo que se esforçam por construir com a outra? MJ 201 3 Por vezes têm permitido que o Espírito de Deus exerça domínio sobre vocês, e outras vezes, pela conduta, têm negado a fé, destruindo o trabalho feito em prol dos entes queridos; pois os esforços desenvolvidos em favor deles têm ficado sem efeito pelo que praticam. Seu temperamento, sua linguagem não verbal, as maneiras, o estado de descontentamento do espírito, a falta de fragrância cristã, de espiritualidade, a própria expressão do semblante, têm testemunhado contra vocês. ... MJ 202 1 Jamais desconsiderem a importância das coisas pequeninas. As coisas pequenas fornecem a real disciplina da vida. É por meio delas que a espiritualidade é exercitada para crescer até à semelhança de Cristo, ou apresentar a imagem do mal. Deus nos ajuda a cultivar hábitos de pensar, falar, olhar e agir que darão a todos que nos rodeiam testemunho de que temos estado com Jesus e dEle aprendido. -- The Youth's Instructor, 9 de Março de 1893. Fervor MJ 202 2 Uma vida passada em trabalho ativo para Deus é uma vida abençoada. Multidões que estão a desperdiçar a vida em futilidades, em ociosas lamentações e inúteis queixumes, teriam uma experiência inteiramente diversa se apreciassem a luz que Deus lhes tem dado, permitindo que ela irradiasse sobre outros; e muitos tornam a vida miserável por egoísmo e amor ao comodismo. Mediante diligente atividade, sua vida se poderia tornar como brilhantes raios de sol para guiar ao caminho do Céu os que se acham na sombria estrada da morte. Se assim fizerem, seu coração encher-se-á de paz e alegria em Jesus Cristo. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. ------------------------Capítulo 61 -- Trabalho pessoal MJ 203 1 A obra de Cristo foi, em grande parte, constituída de entrevistas pessoais. Tinha fiel consideração pelo auditório representado por uma única pessoa e essa pessoa levava a milhares o conhecimento recebido. MJ 203 2 Os mais bem-sucedidos obreiros são os que trabalham alegremente para servir a Deus nas coisas pequeninas. Cada criatura humana tem de trabalhar com sua própria fibra, entretecê-la na trama que compõe o tecido, e completar o desenho. ... MJ 203 3 Os jovens devem ser ensinados a auxiliar outros jovens; e, ao fazer assim, cada um adquirirá experiência para se tornar um consagrado obreiro em mais ampla esfera. Milhares de corações podem ser alcançados pela mais simples maneira. MJ 203 4 Os mais intelectuais, os que são considerados e louvados como sendo os maiores e mais bem habilitados homens e mulheres do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas mais humildes e simples palavras proferidas por uma pessoa que ama a Deus, que pode falar desse amor tão naturalmente como os mundanos falam daquilo em que se detêm e de que se alimenta a sua mente. As palavras, ainda que bem preparadas e estudadas, pouca influência têm; mas a obra verdadeira, sincera, de um filho ou de uma filha de Deus, em palavras ou num serviço prestado em coisas pequeninas, feito com natural simplicidade, abrirá para muitas pessoas portas há muito trancadas. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1899. ------------------------Capítulo 62 -- Influência poderosa MJ 204 1 Satanás é um inimigo vigilante, atento ao seu objetivo de dirigir os jovens num modo de proceder inteiramente contrário ao que Deus aprovaria. Ele bem sabe não haver outra classe que possa fazer tanto bem como os rapazes e moças consagrados a Deus. Os jovens, quando corretos, podem exercer poderosa influência. Pregadores ou leigos de idade avançada não podem ter, sobre a juventude, metade da influência que os jovens consagrados têm sobre seus companheiros. Estes deveriam sentir a responsabilidade que sobre eles pesa para tudo fazer por salvar seus semelhantes, mesmo com o sacrifício de seus prazeres e naturais desejos. Tempo e mesmo meios, o que for necessário, devem ser consagrados a Deus. MJ 204 2 Todos os que professam piedade devem sentir o perigo dos que estão sem Cristo. Breve terminará seu tempo de graça. Os que poderiam ter exercido influência para salvar pessoas se houvessem seguido o conselho de Deus, e no entanto não cumpriram seu dever por egoísmo, indolência, ou por se envergonharem da cruz de Cristo, não só perderão sua própria salvação, mas terão sobre suas vestes o sangue dos pecadores. Essas pessoas terão de dar contas do bem que poderiam ter realizado se houvessem sido consagradas a Deus, porém não fizeram por causa de sua infidelidade. MJ 204 3 Os que provaram as bênçãos do amor remidor não repousarão, nem poderão fazê-lo, sem que todos com quem se associam tenham entrado em contato com o plano da salvação. Os jovens devem perguntar: "'Senhor, que queres que faça?' Como posso honrar e glorificar Teu nome sobre a Terra?" Pessoas se perdem em torno de nós, e a grande responsabilidade de ganhar almas para Cristo pesa sobre os jovens. Preocupação por outros MJ 205 1 Os que freqüentam a escola poderiam exercer influência em favor do Salvador; mas quem menciona o nome de Cristo? Quem é visto insistindo com terna preocupação com seus companheiros, para que abandonem os caminhos do pecado e escolham o caminho da santidade? MJ 205 2 Essa é a direção que os jovens crentes devem tomar, mas não o fazem. Está mais em harmonia com seus sentimentos unirem-se aos pecadores no divertimento e no prazer. Os jovens têm uma vasta esfera de utilidade, mas não a vêem. Oh! se eles utilizassem agora suas faculdades mentais para procurar meios de se aproximar dos pecadores prestes a perecer, a fim de lhes tornar conhecido o caminho da santidade; e, mediante oração e súplica, vir a conquistar ao menos uma pessoa para Cristo! MJ 205 3 Que nobre empreendimento! Uma vida para louvar a Deus por toda a eternidade! Uma alma para fruir a felicidade e a vida eterna! Uma pedra preciosa em sua coroa para brilhar qual estrela para todo o sempre! Porém, mais que um pecador pode ser levado a se desviar do erro para a verdade, do pecado para a santidade. Diz o Senhor por meio do profeta: "Aqueles que ensinaram muitas pessoas a fazer o que é certo, brilharão como as estrelas do céu, com um brilho que nunca se apagará." Daniel 12:3. Então os que se empenham com Cristo e os anjos na obra de salvar os que estão a perecer, serão ricamente recompensados no reino do Céu. MJ 206 1 Vi que muitas pessoas Se salvariam, caso os jovens estivessem no lugar em que se deveriam achar, consagrados a Deus e à verdade; mas em geral assumem uma posição em que se lhes deve dedicar contínua obra, do contrário eles próprios se tornarão do mundo. Muitos jovens são uma constante fonte de ansiedade e aflição. Lágrimas são derramadas por sua causa, e são arrancadas do coração dos pais angustiosas súplicas em seu favor. Todavia prosseguem, descuidados em relação à dor produzida por seu procedimento. Cravam espinhos no peito dos que dariam a vida para os salvar e fazer com que se tornassem aquilo que Deus designou que fossem, por meio dos méritos do sangue de Cristo. ... Uma obra a fazer MJ 206 2 Rapazes e moças, vi que Deus tem uma obra para vocês; tomem a sua cruz e sigam a Cristo, ou serão indignos dEle. Enquanto permanecerem em descuidosa indiferença, como podem dizer qual seja a vontade de Deus a seu respeito? Como esperam ser salvos, a não ser que, como servos fiéis, façam a vontade de seu Senhor? Os que possuirão a vida eterna terão agido corretamente. O Rei da glória os exaltará à Sua direita, enquanto lhes diz: "Muito bem, empregado bom e fiel." Mateus 25:21. Como poderão dizer quantas pessoas lhes seria possível salvar da ruína se, em vez de atentar para seu próprio prazer, estivessem realizando a maior obra possível na vinha do Mestre? Quantas almas estão sendo salvas através dessas reuniões para conversação e música? Se não podem apontar uma alma assim conquistada, devem mudar de rumo imediatamente. Comecem a orar pela salvação das pessoas, acheguem-se a Cristo, bem próximo a Seu lado ensangüentado. Seja sua vida adornada por um espírito manso e calmo, e ascendam a Ele suas fervorosas, contritas e humildes petições em busca de sabedoria a fim de terem sucesso não apenas em confirmar sua salvação, mas salvar a outros. MJ 207 1 Orem mais do que cantam. Vocês não têm mais necessidade de oração que de cânticos? Jovens, Deus os está chamando para trabalhar, trabalhar para Ele. Façam uma inteira mudança em sua orientação de vida. Podem realizar uma obra que os que ministram em palavra e doutrina não conseguem realizar. Vocês podem alcançar uma classe a quem o pastor não pode influenciar. -- Testemunhos Para a Igreja 1:511-513. Onde começar MJ 207 2 Comecem por casa, em sua família, na vizinhança, entre os próprios amigos, os que desejam trabalhar para Deus. Encontrarão ali um ótimo campo missionário. Essa obra missionária é uma prova, que lhes revela sua capacidade ou não para servir numa esfera mais ampla. -- Testemunhos Selectos 3:61. Maior sucesso MJ 207 3 Em nossa obra o esforço individual conseguirá muito mais do que se possa calcular. É pela falta disso que almas estão perecendo. Uma pessoa é de valor infinito; seu preço é revelado pelo Calvário. Uma pessoa ganha para Cristo será o instrumento em atrair outras, e haverá um resultado sempre crescente de bênçãos e salvação. -- Obreiros Evangélicos, 184. ------------------------Capítulo 63 -- Servindo em outras atividades MJ 208 1 Deus chama pastores, obreiros bíblicos e colportores. Saiam nossos rapazes e moças como colportores, evangelistas e obreiros bíblicos em companhia de obreiros de experiência, que lhes possam mostrar a maneira de trabalhar com sucesso. Levem os colportores nossas publicações de casa em casa. Quando surgir a oportunidade, falem eles da verdade para este tempo àqueles com quem se encontram, cantem e orem com eles. Quando, em nossa obra para Deus, forem seguidos os métodos adequados, será ajuntada uma colheita de salvos. MJ 208 2 Há, na obra de Deus, lugar para todos os que estiverem possuídos do espírito de sacrifício. Deus está chamando homens e mulheres dispostos a se negarem por amor aos outros, dispostos a consagrarem tudo quanto têm e são a Sua obra. Necessitam-se homens que, ao enfrentarem dificuldades, avancem firmemente, dizendo: Não falharemos, nem ficaremos desanimados. Precisa-se de pessoas que fortaleçam e edifiquem a obra que outros estão procurando fazer. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1904. Alcançando eficiência MJ 208 3 Nessa obra, como em qualquer outra, adquire-se a habilidade no próprio trabalho. É pelo ensino obtido nos deveres comuns da vida e no auxílio aos necessitados e sofredores, que se alcança a maior eficiência. -- Educação, 268. ------------------------Capítulo 64 -- Serviço desinteressado MJ 209 1 Os que, na medida do possível, se empenham na obra de fazer o bem aos outros, dando demonstração prática de seu interesse por eles, não só estão aliviando os sofrimentos da vida humana ao ajudá-los a levar suas cargas, mas ao mesmo tempo estão contribuindo grandemente para a própria saúde física e espiritual. Fazer o bem é uma obra que beneficia tanto ao doador como ao que recebe. Quem se esquece do próprio eu no interesse pelos outros, obtém vitória sobre suas enfermidades. A satisfação que pode ser sentida ao fazer o bem ajuda muito na recuperação do estado saudável da imaginação. MJ 209 2 A alegria de fazer o bem estimula a mente e vibra através de todo o corpo. Enquanto o rosto das pessoas bondosas é iluminado pela alegria, e seu semblante exprime a elevação moral da mente, o das egoístas e mesquinhas é deprimido, abatido e sombrio. Seus defeitos morais se manifestam no semblante. MJ 209 3 A pessoa movida por uma bondade verdadeiramente desinteressada é participante da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo; ao passo que os egoístas e avarentos têm nutrido seu egoísmo a ponto de secarem-se-lhes as simpatias sociais, e seu semblante reflete a imagem do inimigo caído em vez de espelhar a pureza e a santidade. -- Testemunhos Para a Igreja 2:534. ------------------------Capítulo 65 -- Prêmio para quem persevera MJ 210 1 Lembrem-se os jovens de que o indolente perde a imprescindível experiência adquirida por uma fiel observância dos deveres diários da vida. Aquele que é indolente e voluntariamente ignorante, põe no próprio caminho o que lhe servirá sempre de obstáculo. Recusa a cultura que advém do trabalho honesto. Deixando de estender a mão ajudadora em benefício da humanidade, está roubando a Deus. Sua carreira é muito diversa da que lhe foi traçada por Deus; pois desprezar o emprego útil estimula os gostos inferiores, paralisando na realidade as mais úteis energias do ser. MJ 210 2 Não poucas, mas milhares de criaturas humanas não existem senão para consumir os benefícios que o Senhor, em Sua misericórdia, lhes confere. Esquecem-se de levar-Lhe ofertas de gratidão pelas riquezas que lhes confiou, ao dar-lhes os frutos da terra. Esquecem que Deus deseja que eles, negociando prudentemente com os talentos que lhes foram emprestados, sejam produtores da mesma maneira que consumidores. Se fizessem uma idéia da obra que o Senhor deseja que realizem como Sua mão auxiliadora, não julgariam privilégio evitar todas as responsabilidades, e ser servidos. A bênção do trabalho MJ 210 3 A verdadeira felicidade encontra-se unicamente em ser bom e fazer o bem. A mais pura e elevada honra é experimentada pelos que cumprem fielmente os deveres que lhes são designados. Nenhum trabalho honesto é degradante. É vil a preguiça que faz com que criaturas humanas olhem com desprezo os simples deveres diários da vida. A recusa a cumpri-los produz uma deficiência mental e moral que será vivamente sentida algum dia. Em algum tempo, na vida do preguiçoso, sua deformidade aparecerá claramente definida. No registro de sua vida, acham-se escritas as palavras: Consumidor, mas não produtor. MJ 211 1 De todas as carreiras da vida se podem tirar úteis lições espirituais. Os que lavram o solo podem, enquanto trabalham, estudar o significado das palavras: "Vocês são o terreno no qual Deus faz o Seu trabalho." 1 Coríntios 3:9. No coração humano se devem semear as sementes da verdade, para que a vida venha a produzir os belos frutos do Espírito. As impressões produzidas por Deus sobre a mente devem moldá-la com graciosa simetria. As energias não desenvolvidas, tanto da mente como do corpo, têm de ser exercitadas para o serviço do Mestre. ... MJ 211 2 Cristo deu a todos a obra do ministério. Ele é o Rei da glória, todavia declara: "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir." Mateus 20:28. E a Majestade do Céu, no entanto, de boa vontade consentiu em vir à Terra para fazer a obra que Lhe foi entregue por Seu Pai. Ele enobreceu o trabalho. Para nos dar o exemplo de atividade, trabalhou com as próprias mãos no ofício de carpinteiro. Desde tenra idade fazia a Sua parte na manutenção da casa. Compreendia ser um sócio na firma da família, e desempenhava voluntariamente a Sua parte nas responsabilidades. Ajudando no lar MJ 211 3 As crianças e os jovens devem achar prazer em tornar mais leves as obrigações do pai e da mãe, demonstrando abnegado interesse no lar. Ao suportarem com alegria a parte das responsabilidades que lhes pesa sobre os ombros, estão recebendo instrução para se tornarem aptos para cargos de confiança e utilidade. Cada ano devem fazer progressos, trocando gradual mas seguramente sua conduta de meninos e meninas pela de verdadeiros homens e mulheres. No fiel desempenho de simples deveres do lar, os rapazes e as meninas lançam os alicerces da excelência mental, moral e espiritual. A trama do destino MJ 212 1 Lembrem-se, caros amigos, de que cada dia, cada hora, cada momento, vocês estão tecendo a trama de seu destino. Cada vez que a lançadeira é atirada, é levado para a trama um fio que enfeia ou embeleza o tecido. Se são descuidosos e preguiçosos, estragam a vida que Deus designou fosse brilhante e bela. Se escolhem seguir suas próprias inclinações, seus hábitos diferentes do modelo de Cristo os ligarão com laços de aço. E, ao se distanciarem de Cristo, seu exemplo será seguido por muitos que, devido ao seu mau procedimento, jamais desfrutarão as glórias do Céu. Mas, se fizerem valorosos esforços por vencer o egoísmo, não desprezando as oportunidades de auxiliar os que se achem em torno de vocês, a luz de seu exemplo guiará outros à cruz. -- The Youth's Instructor, 5 de Dezembro de 1901. ------------------------Capítulo 66 -- A dignidade do trabalho MJ 213 1 Foi propósito de Deus aliviar pelo trabalho o mal acarretado ao mundo pela desobediência do homem. Pelo trabalho, as tentações de Satanás poderiam tornar-se ineficazes, e ser detida a onda do mal. E, embora acompanhado de ansiedade, cansaço e dor, é ainda o trabalho uma fonte de felicidade e desenvolvimento, e proteção contra a tentação. Sua disciplina coloca um freio à condescendência própria e promove a operosidade, a pureza e a firmeza. Assim, torna-se parte do grande plano de Deus para nossa restauração da queda. O trabalho manual e os esportes MJ 213 2 A opinião geral é que o trabalho manual seja degradante; todavia, os homens se exercitam tanto quanto lhes apraz nos jogos com bola ou em competições pugilísticas, sem serem olhados como pessoas que se degradam. Satanás deleita-se quando vê seres humanos empregando as faculdades físicas e mentais naquilo que não educa, não tem utilidade, não os ajuda a ser uma bênção aos que necessitam de seu auxílio. Enquanto os jovens se tornam hábeis em jogos destituídos de valor para eles e para os outros, Satanás joga a partida da vida por sua alma, tirando-lhes os talentos dados por Deus e substituindo-os por seus próprios atributos maus. É sua tentativa levar os homens a passarem por alto a Deus. Busca ocupar-lhes e absorver-lhes tão completamente a mente, que o Senhor não encontre lugar em seus pensamentos. Não quer que o povo conheça a seu Criador, e fica bem satisfeito se pode pôr em funcionamento jogos e representações teatrais que por tal forma confundam os sentidos dos jovens para que Deus e o Céu sejam esquecidos. MJ 214 1 Uma das mais seguras defesas contra o mal é a ocupação útil, ao passo que a ociosidade é uma das maiores maldições; pois o vício, o crime e a pobreza lhe seguem o rastro. Os que estão continuamente ocupados, que andam satisfeitos em suas atividades diárias, são os membros úteis da sociedade. No fiel desempenho dos vários deveres que lhes estão no caminho, tornam eles sua vida uma bênção para si mesmos e para os outros. O diligente trabalho os guarda de muitos dos laços daquele que "encontra sempre alguma maldade para ocupar as mãos ociosas". Uma poça de água estagnada em breve se torna prejudicial; mas um riacho corrente espalha saúde e alegria sobre a Terra. Uma é o símbolo do ocioso, o outro do trabalhador. ... O exemplo de Cristo MJ 214 2 O caminho do trabalho indicado aos habitantes da Terra talvez seja duro e fatigante, mas é honrado pelas pegadas do Redentor, e aquele que segue esse sagrado caminho está seguro. Por preceito e exemplo, Cristo dignificou o trabalho útil. Desde Seus mais tenros anos, viveu uma vida de serviço. A maior parte de Sua existência terrestre passou-a em paciente trabalho na oficina de carpintaria de Nazaré. Nos trajes do operário comum, o Senhor da vida palmilhava as ruas da cidadezinha em que residia, indo e vindo em Seu humilde labutar; e anjos ministradores O seguiam enquanto Ele andava lado a lado com os camponeses e trabalhadores, sem ser reconhecido nem honrado. ... MJ 215 1 O trabalho árduo é um tônico para a humanidade. Torna o fraco vigoroso, rico o pobre, feliz o desgraçado. Satanás se encontra escondido, pronto a destruir aqueles cujo ócio lhe dá oportunidade de os abordar sob qualquer atrativo disfarce. Nunca é ele tão bem-sucedido como quando se aproxima dos homens em suas horas de lazer. Trabalho feito com satisfação MJ 215 2 Entre os males resultantes da riqueza, um dos maiores é a idéia de que o trabalho é degradante. O profeta Ezequiel declara: "Sodoma e as suas filhas eram orgulhosas porque tinham muita comida e viviam no conforto, sem fazer nada; porém não cuidaram dos pobres e necessitados." Ezequiel 16:49. Aqui nos são apresentados os terríveis resultados da ociosidade, a qual enfraquece a mente, degrada a alma e perverte o entendimento, tornando em maldição aquilo que foi dado como bênção. A pessoa que trabalha é a que vê algo de grande e bom na vida, e está disposta a desempenhar suas responsabilidades com esperança e fé. MJ 215 3 A lição essencial da operosidade, satisfeita nos necessários deveres da vida, tem ainda de ser aprendida por muitos dos seguidores de Cristo. Requer mais graça, mais severa disciplina de caráter trabalhar para Deus na qualidade de mecânico, negociante, advogado ou agricultor, introduzindo os preceitos do cristianismo nas ocupações comuns da vida, do que desempenhar as funções abertamente missionárias no campo de ação. Requer vigorosa fibra espiritual introduzir a religião na oficina de trabalho e no escritório dos negócios, santificando os pormenores da vida diária e ordenando toda transação segundo a norma da Palavra de Deus. Mas é isso que o Senhor exige. MJ 216 1 O apóstolo Paulo considerava a ociosidade como pecado. Aprendeu o ofício de fabricante de tendas em todos os ramos, mais e menos importantes, e durante seu ministério trabalhava muitas vezes nessa atividade para manter a si e a outros. Paulo não considerava perdido o tempo assim empregado. Enquanto trabalhava, tinha o apóstolo acesso a uma classe de pessoas que não podia de outro modo atingir. Mostrava a seus companheiros que a habilidade nas artes comuns é um dom divino. Ensinava que mesmo no serviço de cada dia Deus deve ser honrado. Suas mãos calejadas no trabalho em nada diminuíam a força de seus comoventes apelos como ministro cristão. MJ 216 2 É desígnio de Deus que todos sejam trabalhadores. Os incansáveis animais de carga correspondem ao fim para que foram criados, melhor que o homem preguiçoso. Deus é trabalhador constante. Os anjos são trabalhadores; são ministros de Deus para com os filhos dos homens. Os que aguardam um Céu de inatividade ficarão decepcionados; pois a ordem celestial não provê lugar algum para satisfação da preguiça. É prometido, porém, repouso ao cansado e ao oprimido. É ao servo fiel que serão dadas as boas-vindas, de seu trabalho para a exaltação de seu Senhor. Com satisfação despirá sua armadura e esquecerá o barulho da batalha no glorioso descanso preparado para os que vencem mediante a cruz de Cristo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 274-276, 278-280. ------------------------Capítulo 67 -- Semear sobre todas as águas MJ 217 1 O Senhor está chamando Seu povo a assumir vários ramos da obra missionária, a semear sobre todas as águas. Não estamos fazendo senão uma pequena parte da obra que Ele deseja que realizemos entre os vizinhos e amigos. Pela bondade para com o pobre, o enfermo ou os enlutados, é-nos possível exercer alguma influência sobre eles, de maneira que a verdade divina encontra acesso ao seu coração. Nenhuma oportunidade dessas para o serviço deveria passar sem ser aproveitada. Esse é o mais elevado serviço missionário que podemos efetuar. A apresentação da verdade em amor e simpatia, de casa em casa, está em harmonia com as instruções de Cristo aos discípulos, ao enviá-los em sua primeira viagem missionária. O dom de cantar MJ 217 2 Têm um papel importante os que possuem o dom de cantar. O canto é um dos mais eficazes meios de impressionar o coração com a verdade espiritual. Muitas vezes têm sido abertas as fontes do arrependimento e da fé, mediante as palavras do cântico sagrado. Membros da igreja, tanto adultos como jovens, devem ser educados para sair a proclamar esta mensagem final ao mundo. Se eles vão com humildade, anjos de Deus os acompanharão, ensinando-os a erguer a voz em oração, em hinos, e a proclamar a mensagem evangélica para este tempo. MJ 217 3 Jovens, dediquem-se à obra a que são chamados por Deus. Cristo os ensinará a empregar para fins dignos as habilidades de que são dotados. Ao receberem a vivificante influência do Espírito Santo, tentando ensinar a outros, sua mente será renovada, e serão capazes de apresentar palavras novas e extraordinariamente belas aos seus ouvintes. ... Obra médico-missionária MJ 218 1 A obra médico-missionária apresenta muitas oportunidades para serviço. A intemperança no comer e a ignorância das leis da natureza estão ocasionando muitas das enfermidades que existem, e roubando a Deus da glória que Lhe é devida. Em virtude do fracasso quanto à negação de si mesmo, muitos dentre o povo de Deus se acham incapazes de atingir a elevada norma de espiritualidade que lhes é apresentada por Ele. Ensinem ao povo que é melhor saber conservar-se com saúde, que conhecer a maneira de se curar das doenças. Cumpre-nos ser sábios educadores, advertindo todos contra a condescendência com o próprio eu. Ao vermos a ruína, a deformidade e as doenças que penetram no mundo como resultado da ignorância, como poderemos deixar de fazer a parte que nos cabe para esclarecer o ignorante e aliviar o sofredor? MJ 218 2 Como os acessos à mente foram fechados pelo tirano preconceito, muitos ignoram os princípios do viver saudável. Pode-se fazer uma boa obra, ensinando o povo a preparar alimento saudável. Este ramo da obra é tão essencial como qualquer que se possa empreender. Devem ser estabelecidas mais escolas culinárias, e a alguns cabe trabalhar de casa em casa, dando instruções na arte de cozinhar alimento saudável. Muitos serão salvos da degeneração física, mental e moral mediante a influência da reforma de saúde. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. ------------------------Capítulo 68 -- Diversos tipos de trabalho MJ 219 1 A igreja foi organizada para servir e o bom relacionamento com a igreja é um dos primeiros passos numa vida de serviço dedicado a Cristo. A lealdade para com Cristo exige o fiel cumprimento dos deveres para com a igreja. Essa é uma parte importante da educação de qualquer pessoa; e, numa igreja impregnada da vida do Mestre, levará diretamente ao esforço em prol do mundo em geral. Há muitos ramos em que os jovens podem aplicar seus esforços em favor dos outros. -- Educação, 268, 269. Cada um tem o seu lugar MJ 219 2 Todos têm o seu lugar no plano eterno do Céu. Todos devem colaborar com Cristo para a salvação dos pecadores. Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestiais, há também um lugar designado aqui na Terra, onde devemos trabalhar para Deus. -- Parábolas de Jesus, 326, 327. A obra da Escola Sabatina MJ 219 3 O Senhor chama rapazes e moças a se prepararem para fazer, durante a vida toda, fervoroso trabalho na Escola Sabatina. ... O Senhor quer na Escola Sabatina professores que trabalhem de todo o coração, que pelo exercício aumentem seus talentos e progridam naquilo que já conseguiram. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 13, 122. Obra bíblica MJ 220 1 A idéia de dar estudos bíblicos é de origem celestial e abre o caminho para que centenas de moços e moças realizem no campo uma importante obra, que de outra maneira não poderia ser feita. MJ 220 2 A Bíblia não está acorrentada. Pode ser levada a todas as portas, e suas verdades apresentadas à consciência de cada homem. À semelhança do nobre povo de Beréia, muitos, por si mesmos, examinarão diariamente as Escrituras, para ver se estas coisas são assim. "Vocês estudam as Escrituras porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que dão testemunho a meu favor." João 5:39. Jesus, o Redentor do mundo, ordena que as pessoas não só leiam, mas examinem as Escrituras. É-nos confiada essa grande e importante obra, e, se a fizermos, seremos muito beneficiados, pois a obediência às ordens de Cristo não ficará sem recompensa. Ele honrará com sinais especiais de Seu favor esse ato de lealdade em seguir a luz revelada em Sua Palavra. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 83, 84. Colportagem MJ 220 3 O Senhor convida nossos jovens a trabalharem como colportores-evangelistas, para fazer o trabalho de casa em casa nos lugares em que ainda não foi ouvida a verdade. Ele Se dirige aos nossos jovens, dizendo: "Não são de vocês mesmos"; "porque foram comprados por bom preço; glorifiquem pois a Deus no seu corpo, e no seu espírito, os quais pertencem a Deus." Os que saem a trabalhar sob a direção de Deus serão maravilhosamente abençoados. -- Testemunhos Para a Igreja 8:229. MJ 221 1 Um dos melhores modos de um jovem poder se habilitar para o ministério é participar da colportagem. Que ele entre em vilas e cidades, colportando com os livros que contêm a mensagem para este tempo. Nessa obra encontrarão oportunidade de falar as palavras da vida, e as sementes da verdade que semeiam brotarão para produzir frutos. Pondo-se em contato com o povo e apresentando-lhe nossas publicações, adquirirão uma experiência que não poderiam alcançar pregando. ... MJ 221 2 Todos quantos desejam uma oportunidade para o verdadeiro ministério e entregam-se sem reservas a Deus, encontrarão na obra da colportagem oportunidade de falar sobre muitas coisas pertinentes à vida futura e imortal. -- Obreiros Evangélicos, 96. Ensinar MJ 221 3 Os melhores talentos devem ser destinados para educar e moldar a mente dos jovens, e também para executar com sucesso as diferentes tarefas que cabem aos professores de nossas escolas fundamentais. ... MJ 221 4 Necessitam-se, e em especial para os menores, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. ... MJ 221 5 Nossas escolas de igreja necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sadios na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. -- Testemunhos Selectos 2:459, 460. Negócios MJ 222 1 O Senhor deseja ter a Seu serviço homens inteligentes, qualificados para os vários ramos da obra. Há necessidade de homens de negócios que se baseiem nos grandes princípios da verdade em todas as transações. E seus talentos devem ser aperfeiçoados pelo mais completo estudo e prática. Se os homens em qualquer ramo de trabalho precisam aproveitar as oportunidades para se tornarem sábios e eficientes, tanto mais aqueles que empregam sua perícia em edificar o reino de Deus no mundo. De Daniel sabemos que em todas as suas transações comerciais, quando submetidas ao exame mais severo, não se podia encontrar uma falta ou erro. Era um modelo de como devem ser todos os homens de negócios. Sua história mostra o que pode ser conseguido por alguém que consagra ao serviço de Deus toda a energia do cérebro, ossos e músculos, do coração e da vida. -- Parábolas de Jesus, 350, 351. Obra médica MJ 222 2 Não há campo missionário mais importante do que o que é ocupado pelo médico fiel e temente a Deus. Não há atividade em que um homem possa fazer maior bem, ou ganhar mais jóias para brilhar em sua coroa de regozijo. Pode levar consigo a graça de Cristo, qual suave perfume, a todos os quartos de doentes que visite; pode ser portador do genuíno bálsamo curativo para a alma enferma de pecado. Pode encaminhar o doente e moribundo ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Não deve dar ouvidos à sugestão de que é perigoso falar de seus interesses eternos àqueles cuja vida está em risco, para que não piorem; pois em nove casos de dez, o conhecimento de um Salvador que perdoa o pecado os faria melhorar tanto mental como espiritualmente. Jesus pode limitar o poder de Satanás. É Ele o Médico em quem a pessoa doente do pecado pode confiar para cura das enfermidades do corpo, bem como da mente. -- Testemunhos Para a Igreja 5:448, 449. MJ 223 1 Há, em quase todas as localidades, grande número de pessoas que não escutam a pregação da Palavra de Deus nem assistem aos cultos. Se elas tiverem de ser alcançadas pelo evangelho, este lhes há de ser levado em casa. Muitas vezes o socorro a suas necessidades físicas é o único caminho pelo qual essas pessoas podem ser abordadas. Enfermeiras-missionárias que tratam dos doentes e aliviam a aflição dos pobres encontrarão muitas oportunidades de orar com eles, ler-lhes a Palavra de Deus e falar do Salvador. Elas podem orar com e pelos desamparados, que não têm força de vontade para controlar os desejos que a paixão tem degradado. Elas podem levar um raio de esperança à vida dos vencidos e desanimados. Seu abnegado amor, manifestado em atos de desinteressada bondade, tornará mais fácil a esses sofredores crerem no amor de Cristo. -- A Ciência do Bom Viver, 144, 145. O ministério MJ 224 1 Não deve haver a menor depreciação do ministério evangélico. Empreendimento algum deve ser dirigido de maneira a dar a impressão de ser o ministério da palavra um ramo inferior. Não é assim. Os que depreciarem o ministério, estarão ferindo o próprio Cristo. A mais elevada de todas as obras é o ministério em seus vários ramos, e deve ser conservado no espírito dos jovens que não existe obra mais abençoada por Deus que a do ministério evangélico. MJ 224 2 Não sejam nossos moços desaconselhados a entrar no ministério. Há perigo de que, mediante ardorosas sugestões, alguns sejam desviados do caminho em que Deus os convida a andar. Pessoas têm sido estimuladas a fazer o curso médico, as quais deveriam ser preparadas para o ministério. O Senhor convida mais pastores a trabalharem em Sua vinha. Foram proferidas as palavras: "Fortaleçam os postos avançados; tenham fiéis sentinelas em todas as partes do mundo." Deus os chama, jovens! Ele pede exércitos inteiros de moços generosos e espírito bem-disposto, e que possuam um profundo amor por Cristo e a verdade. -- Testemunhos Para a Igreja 6:411. Obra missionária estrangeira MJ 224 3 Há necessidade de jovens. Deus os chama para os campos missionários. Achando-se relativamente livres de cuidados e responsabilidades, estão em condições mais favoráveis para se empenharem na obra, do que os que têm de prover o sustento e educação de uma grande família. Além disso, os jovens podem mais facilmente se adaptar a sociedades e climas novos, sendo mais aptos a suportar incômodos e fadigas. Com tato e perseverança, podem pôr-se em contato com o povo. -- Obreiros Evangélicos, 84. MJ 225 1 Os jovens se devem qualificar mediante a familiarização com outras línguas, a fim de que Deus possa usá-los como instrumentos para comunicar Sua salvadora verdade aos povos de outras nações. Esses jovens podem obter conhecimento de outras línguas, mesmo enquanto ocupados em trabalhar pelos pecadores. Se forem econômicos no tempo, poderão aperfeiçoar a mente e habilitar-se para mais ampla utilidade. Se as moças que não têm senão pequenas responsabilidades se consagrassem a Deus, poderiam se preparar para servir, estudando e se familiarizando com outras línguas. Poderiam se dedicar à obra de tradução. -- Testemunhos Para a Igreja 3:204. Serviço juvenil MJ 225 2 As crianças podem ser aceitas como obreiras missionárias no lar e na igreja. Deus deseja que lhes seja ensinado que elas estão no mundo para prestar serviço, e não somente para brincar. Podem ser exercitadas no lar a fazerem trabalho missionário que as prepare para uma esfera mais ampla de utilidade. Pais, ajudem as crianças a cumprir o desígnio de Deus para elas. -- The Review and Herald, 8 de Dezembro de 1910. ------------------------Capítulo 69 -- Serviço aceitável MJ 226 1 Em Sua infinita misericórdia e amor, Deus nos tem dado luz em Sua Palavra, e Cristo nos diz: "De graça receberam, de graça dêem." Mateus 10:8. Deixem que a luz que Deus lhes tem dado resplandeça para os que estão nas trevas. Ao assim fazerem, têm ao lado anjos do Céu, ajudando-os a conquistar pessoas para Cristo. ... MJ 226 2 Queridos amigos jovens, lembrem-se de que não é preciso ser pastor ordenado para servir ao Senhor. Há muitos modos de trabalhar para Cristo. Talvez nunca lhes tenham sido impostas mãos humanas em ordenação, mas Deus pode lhes dar habilidade para Seu serviço. Pode trabalhar por meio de vocês para a salvação de almas. Se, tendo aprendido na escola de Cristo, são mansos e humildes de coração, Ele lhes dará palavras com que trabalharem para Ele. ... Relação para com os erros MJ 226 3 Façam tudo que estiver ao seu alcance para obter a perfeição; não julguem, porém, que pelo fato de cometerem erros são excluídos do serviço de Deus. O Senhor conhece nossa estrutura; lembra-Se de que somos pó. À medida que empregarem fielmente os talentos que Deus lhes deu, vão adquirir conhecimento que os torne descontentes com o próprio eu. Verão a necessidade de examinar os maus hábitos, para que, por um mau exemplo, não prejudiquem a outros. MJ 226 4 Trabalhem diligentemente, dando a outros a verdade tão preciosa a vocês. Depois, quando houver vagas a preencher, ouvirão as palavras: "Venham para uma função mais complexa." Talvez sejam relutantes em responder; mas avancem com fé, pondo na obra de Deus renovado e sincero zelo. MJ 227 1 O segredo de salvar pessoas só pode ser aprendido do grande Mestre. Como o orvalho e a chuva constante caem suavemente sobre as plantas ressecadas, assim devem as nossas palavras cair suave e amorosamente nos corações que estamos desejando conquistar. Não devemos esperar até que se nos ofereçam oportunidades; devemos buscá-las, mantendo o coração erguido em súplica para que Deus nos auxilie a falar a palavra certa no tempo adequado. Quando surge uma oportunidade, não permitam que alguma desculpa os leve a negligenciá-la; pois o aproveitá-la pode significar a salvação de um perdido. -- The Youth's Instructor, 6 de Fevereiro de 1902. A mais elevada obra MJ 227 2 A obra que está acima de todas -- a ocupação que está sobre todas as que podem atrair e ocupar as energias do ser humano -- é a obra de salvar pessoas por quem Cristo morreu. Façam disto a principal, a mais importante tarefa de sua vida. Tornem-na sua obra por excelência. Cooperem com Cristo neste grande e nobre trabalho, e tornem-se missionários na pátria e no estrangeiro. Estejam preparados e sejam eficientes para trabalhar na própria terra ou em regiões distantes pela salvação de pecadores. Façam as obras de Deus e demonstrem sua fé no Salvador, trabalhando por outros. Oh! quem dera que jovens e adultos fossem inteiramente convertidos a Deus, assumindo o dever que lhes está à mão, e trabalhassem quando se lhes oferecesse oportunidade, tornando-se colaboradores de Deus! -- The Youth's Instructor, 4 de Maio de 1893. ------------------------Capítulo 70 -- Fidelidade em todo o tempo MJ 228 1 Os que são infiéis no mínimo das ocupações temporais, serão infiéis em responsabilidades de maior importância. Roubarão a Deus e deixarão de satisfazer às exigências da lei divina. Não compreendem que seus talentos pertencem a Deus, e Lhe devem ser consagrados ao serviço. Os que não fazem por seus patrões senão aquilo que lhes é ordenado, embora saibam que a prosperidade da obra depende de um esforço extraordinário de sua parte, deixarão de ser considerados servos fiéis. Existem muitas coisas não determinadas que esperam ser feitas, e o empregado deve tomar alguma iniciativa. MJ 228 2 Ocorrem perdas e prejuízos que podiam ser evitados, caso se exercessem árdua diligência e abnegado esforço, e os princípios de amor a nós ordenados por Jesus fossem seguidos na vida dos que Lhe professam o nome. Mas existem muitos dos que trabalham na causa de Deus, que são registrados como "empregados que só trabalham se o patrão os está observando". A infidelidade registrada MJ 228 3 É a mais detestável forma de egoísmo a que leva o obreiro a negligenciar o aproveitamento do tempo, o cuidado da propriedade, por não se achar diretamente sob as vistas do patrão. Mas acaso imaginam esses obreiros que suas negligências não são observadas e registrada sua infidelidade? Fossem abertos seus olhos, e veriam que um Vigia os contempla, e todo o seu descuido é registrado nos livros do Céu. MJ 229 1 Os que são infiéis na obra de Deus se demonstram sem princípios; seus motivos não são de natureza a levá-los a preferir o direito em todas as circunstâncias. Os servos de Deus devem sentir em todo o tempo que se encontram sob os olhos de seu Senhor. Aquele que observava a insultante festa de Belsazar, acha-Se presente em todas as nossas instituições, no escritório do comerciante, na oficina particular; e a mão sobrenatural está tão certamente registrando as suas negligências, como o fez ao terrível juízo do blasfemo rei. A condenação de Belsazar foi descrita em caracteres de fogo: "Pesado foste na balança e foste achado em falta" (Daniel 5:27, ARC); e, aqueles que deixarem de cumprir as obrigações que lhes foram confiadas por Deus terão a mesma condenação. Motivação MJ 229 2 Muitos há que professam ser cristãos, os quais não estão unidos com Cristo. Sua vida diária, seu espírito, mostra que Cristo, a Esperança da glória, não domina seu coração. Não se pode depender deles, nem neles se pode confiar. Estão ansiosos por reduzir seu serviço ao mínimo do esforço, exigindo, ao mesmo tempo, o máximo de salário. O nome "servo" se aplica a todo homem; pois somos todos servos, e bom é que observemos o molde a que nos estamos conformando. É o molde da infidelidade ou da fidelidade? MJ 229 3 Será que os servos têm mesmo a disposição de fazer tudo quanto é possível? Ou o que predomina é o estilo de deslizar pelo trabalho da forma mais rápida e fácil, e conseguir o pagamento com o menor esforço? Geralmente o objetivo não é ser tão esmerado quanto possível, mas apenas ganhar a remuneração. Os que professam ser servos de Cristo não devem esquecer a recomendação do apóstolo Paulo: "[Servos], em tudo obedeçam àqueles que são seus donos aqui na Terra. Não obedeçam só quando eles estiverem vendo vocês, procurando com isso conseguir a aprovação deles. Mas obedeçam com sinceridade, por causa do temor que vocês têm pelo Senhor. O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem servindo o Senhor e não as pessoas. Lembrem-se de que o Senhor lhes dará como recompensa aquilo que Ele tem guardado para o Seu povo, pois o verdadeiro Senhor que vocês servem é Cristo." Colossences 3:22-24. MJ 230 1 Os que entram na obra como servos que só trabalham em enquanto são fiscalizados verificarão que seu trabalho não será aprovado nem pelos homens nem pelos anjos. O essencial para que o trabalho seja bem-sucedido é o conhecimento de Cristo; isso é o que proporcionará sadios princípios de justiça e comunicará um nobre e abnegado espírito, como o de nosso Salvador, a quem professamos servir. Fidelidade, economia, cuidado, perfeição, devem caracterizar toda a nossa obra, seja onde for que estejamos -- na cozinha, numa oficina, numa redação, num hospital, colégio ou onde quer que nos achemos servindo na obra do Senhor. "Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes." Lucas 16:10. -- The Review and Herald, 22 de Setembro de 1891. MJ 232 1 Desde que o espírito e a alma encontram expressão mediante o corpo, tanto o vigor mental como o espiritual dependem em grande parte da força e atividade físicas. O que quer que promova a saúde física, promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado. Sem saúde ninguém pode compreender distintamente suas obrigações, ou completamente cumpri-las para consigo mesmo, seus semelhantes ou seu Criador. Portanto, a saúde deve ser tão fielmente conservada como o caráter. Um conhecimento de fisiologia e higiene deve ser a base de todo esforço educativo. -- Educação, pág. 195. ------------------------Capítulo 71 -- A ciência do viver MJ 233 1 Que pode ser feito para deter a onda de enfermidade e crime que está dominando nossa raça e levando-a à ruína e à morte? Como a grande causa do mal tem a ver com a condescendência com o apetite e a paixão, assim a primeira e grande obra de reforma deve ser aprender e praticar as lições de temperança e domínio próprio. MJ 233 2 Para que seja efetuada uma mudança permanente para melhor na sociedade, a educação das pessoas deve começar no início da vida. Os hábitos formados na infância e juventude, os gostos adquiridos, o domínio de si mesmo conquistado, os princípios infundidos desde o berço, determinam quase com segurança o futuro do homem e da mulher. O crime e a corrupção produzidos pela intemperança e frouxidão moral devem ser evitados pela devida educação da juventude. Saúde e domínio-próprio MJ 233 3 A boa saúde física é um dos maiores auxílios para desenvolver um caráter puro e nobre nos jovens, fortalecendo-os para dominar o apetite e refrear-se contra os excessos degradantes. E, por outro lado, esses mesmos hábitos de domínio próprio são essenciais à manutenção da saúde. MJ 233 4 É da mais alta importância que homens e mulheres sejam instruídos na ciência da vida e nos melhores meios de conservar e adquirir a saúde. Durante a juventude, especialmente, é a melhor ocasião para acumular conhecimentos que serão usados diariamente através da vida. É o tempo de estabelecer bons hábitos, de corrigir os maus já adquiridos, de conquistar e manter o poder do domínio de si mesmo, estabelecer um plano e habituar-se à prática de ordenar todos os atos da vida com relação à vontade divina e ao bem de nossos semelhantes. ... MJ 234 1 Jesus não passava por alto as exigências do corpo. Respeitava as condições físicas do homem, e andava curando os doentes e restaurando as faculdades aos que sofriam por sua perda. ... A vida é um crédito MJ 234 2 Deve-se mostrar aos jovens que não estão na liberdade de fazer o que lhes apraz com a própria vida. Agora é o dia da responsabilidade, e em breve chegará aquele em que terão de prestar contas. Deus não os julgará inocentes por tratar de maneira leviana Seus preciosos dons; o Redentor do mundo pagou um preço incalculável, e a vida e talentos deles Lhe pertencem; e serão afinal julgados segundo o fiel ou infiel uso do capital que Deus confiou ao seu cuidado. Deve ser-lhes ensinado que, quanto maior a dotação de meios e oportunidades a eles proporcionados, mais pesa sobre eles a responsabilidade da obra de Deus, e mais deles se exige. Se os jovens forem assim criados de modo a sentirem seu dever para com o Criador, e o importante depósito a eles confiado na própria vida, hesitarão em mergulhar no redemoinho da extravagância e do crime que engole tantos dos jovens promissores de nossos dias. -- The Review and Herald, 13 de Dezembro de 1881. ------------------------Capítulo 72 -- Proteger a saúde MJ 235 1 A saúde é uma bênção da qual poucos apreciam o valor; todavia, dela depende grandemente a eficiência de nossas faculdades físicas e mentais. Nossos impulsos e paixões têm no corpo sua sede, por isso ele deve ser conservado nas melhores condições físicas e sob as mais espirituais influências, a fim de que nossos talentos sejam empregados para os mais elevados fins. Tudo quanto diminui a resistência física enfraquece a mente, tornando-a menos capaz de discernir entre o direito e o erro. MJ 235 2 O mau uso de nossas forças físicas encurta o tempo em que nossa existência pode ser usada para glória de Deus e nos incapacita para realizar a obra que Ele nos confiou. Permitindo-nos formar hábitos errôneos, avançando pelas horas da noite, satisfazendo o apetite com prejuízo da saúde, assentamos as bases da debilidade. ... MJ 235 3 Os que assim abreviam a vida e se incapacitam para o serviço pelo desrespeito às leis naturais são culpados de roubo para com Deus. E estão roubando igualmente a seus semelhantes. A oportunidade de beneficiar a outros, justamente a obra para que Deus os enviou ao mundo, é abreviada por sua própria orientação de vida. E se têm incapacitado até mesmo para efetuar aquilo que, num período mais curto, poderiam haver realizado. O Senhor nos considera culpados quando, por nossos hábitos prejudiciais, assim privamos o mundo do bem. -- The Review and Herald, 20 de Junho de 1912. ------------------------Capítulo 73 -- A santidade da saúde MJ 236 1 Satanás aproxima-se do ser humano com suas tentações, como um anjo de luz, como o fez com Cristo. Tem trabalhado para levar o homem a um estado de fraqueza física e moral, a fim de o vencer com suas tentações, triunfando em seguida sobre sua ruína. E tem sido bem-sucedido em tentar o homem a condescender com o apetite, a despeito dos resultados. Sabe bem ser impossível ao homem cumprir suas obrigações para com Deus e seus semelhantes, enquanto prejudica as faculdades que Deus lhe deu. O cérebro é o que dirige o corpo. Se as faculdades perceptivas forem obscurecidas pela intemperança, as coisas eternas deixam de ser discernidas. A relação entre saúde e caráter MJ 236 2 Deus não dá ao homem permissão de violar as leis de seu ser. Mas, cedendo às tentações de Satanás para condescender com a intemperança, o homem põe as mais elevadas faculdades em sujeição aos apetites e paixões sensuais. Quando estes adquirem o domínio, o homem, criado um pouco menor do que os anjos, com faculdades susceptíveis do mais alto desenvolvimento, entrega-se ao domínio de Satanás. E ele obtém fácil acesso aos que se acham escravizados ao apetite. Devido à intemperança, uns sacrificam a metade, e outros dois terços de suas faculdades físicas, mentais e morais, tornando-se objetos do inimigo. MJ 237 1 Os que desejam possuir mente clara para discernir os planos de Satanás devem ter os apetites físicos sob o domínio da razão e da consciência. A ação moral e vigorosa das mais altas potências da mente é essencial ao aperfeiçoamento do caráter cristão. E o vigor ou a fraqueza da mente tem muito que ver com nossa utilidade no mundo e nossa salvação final. A ignorância que tem dominado quanto à lei de Deus a respeito de nossa natureza física é deplorável. A intemperança de qualquer espécie é uma violação das leis de nosso ser. A debilidade mental espalha-se em grau assustador. O pecado torna-se atrativo pela cobertura de luz de que Satanás o reveste, e ele se alegra quando pode manter o mundo cristão em seus hábitos diários, sob a tirania do costume, como os pagãos, permitindo que o apetite os governe. A degradação da intemperança MJ 237 2 Quando homens e mulheres de inteligência ficam com as faculdades morais obscurecidas em virtude da intemperança, se colocam, em muitos de seus hábitos, pouco acima dos pagãos. Satanás está continuamente atraindo o povo da luz salvadora ao costume e à moda, sem consideração para com a saúde física, mental e moral. O grande inimigo sabe que, se o apetite e a paixão dominam, a saúde do corpo e o vigor do intelecto são sacrificados no altar da satisfação do próprio eu, e o homem é prontamente levado à ruína. Se a esclarecida inteligência mantém as rédeas, governando as propensões para o pecado, mantendo-as em sujeição às faculdades morais, Satanás bem sabe ser bem fraco seu poder de derrotar com tentações. ... MJ 238 1 Grande parte do mundo cristão não tem o direito de ser reconhecido como cristão. Seus hábitos, extravagâncias e o tratamento geral dado ao próprio corpo acham-se em violação das leis físicas e contrários à norma bíblica. Estão preparando para si mesmos, no decorrer da vida, o sofrimento físico e a fraqueza mental e moral. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874. O domínio próprio é um dever MJ 238 2 O corpo tem de ser posto em sujeição. As mais elevadas faculdades do ser devem dominar. As paixões devem ser regidas pela vontade, e essa deve, por sua vez, achar-se sob a direção de Deus. A nobre faculdade da razão, santificada pela graça divina, deve ter domínio em nossa vida. MJ 238 3 Os reclamos de Deus devem impressionar a consciência. Homens e mulheres precisam ser despertados para o dever do domínio próprio, para a necessidade da pureza, a liberdade de todo aviltante apetite e todo hábito contaminador. Precisam ser impressionados com o fato de que todas as suas faculdades da mente e do corpo são dons de Deus e destinam-se a ser preservadas nas melhores condições possíveis, para Seu serviço. -- A Ciência do Bom Viver, 130. ------------------------Capítulo 74 -- Educação equilibrada MJ 239 1 Não é perdido o tempo gasto em exercícios físicos. O aluno que está constantemente estudando e faz pouco exercício ao ar livre está se prejudicando. Um exercício equilibrado, dos vários órgãos e faculdades do corpo, é essencial ao melhor trabalho de cada um. Quando o cérebro está continuamente sobrecarregado, enquanto os outros órgãos são deixados inativos, há perda de força física e mental. Rouba-se às faculdades físicas sua saúde, a mente perde sua lucidez e vigor, e o resultado é uma doentia excitabilidade. MJ 239 2 A fim de que homens e mulheres tenham mente bem equilibrada, todas as faculdades do ser devem ser postas em uso e desenvolvimento. Há, no mundo, muitos que têm preparo unilateral, por ter cultivado apenas uma classe de faculdades, ao passo que outras diminuíram por inatividade. É um fracasso a educação de muitos jovens. Estudam demais, enquanto negligenciam o que pertence à vida prática. Para manter-se o equilíbrio mental, deve-se combinar com o trabalho intelectual um cuidadoso sistema de trabalho físico, para que haja desenvolvimento harmônico de todas as faculdades. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 295, 296. ------------------------Capítulo 75 -- Sem prejuízo da saúde MJ 240 1 Alguns estudantes põem todo o ser nos estudos, concentrando a mente no objetivo de educar-se. Exercitam o cérebro, mas permitem que as energias físicas fiquem inativas. Assim o cérebro fica sobrecarregado, e os músculos tornam-se fracos por não serem exercitados. Quando esses alunos se formam, é evidente haverem eles conseguido educação à custa da vida. Estudaram dia e noite, ano após ano, mantendo a mente continuamente numa tensão, ao passo que deixaram de exercitar suficientemente os músculos. ... MJ 240 2 Freqüentemente moças se dedicam ao estudo em detrimento de outros ramos de educação ainda mais essenciais à vida prática do que o estudo dos livros. E, depois de se haverem educado, se tornam muitas vezes inválidas na vida. Negligenciaram a saúde, ficando muito tempo dentro de casa, privadas do ar puro e da luz solar dada por Deus. Essas jovens poderiam haver saído da escola sadias, houvessem aliado aos estudos os trabalhos domésticos e o exercício ao ar livre. MJ 240 3 A saúde é um grande tesouro. É o mais valioso bem que os mortais podem possuir. A riqueza, a honra ou o saber são comprados demasiado caro quando adquiridos com prejuízo do vigor da saúde. Nenhuma dessas realizações pode garantir a felicidade se faltar a saúde. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 285, 286. ------------------------Capítulo 76 -- Sinais de nobreza MJ 241 1 Durante os três anos de preparo que tiveram, Daniel e seus companheiros mantiveram hábitos de abstinência, fidelidade a Deus e confiança em Seu poder. Ao chegar o momento de sua capacidade e conhecimentos serem testados pelo rei, foram eles examinados juntamente com outros candidatos ao serviço do reino. Mas "entre todos não havia quem se comparasse com Daniel, Ananias, Misael e Azarias". Daniel 1:19. Sua viva percepção, sua escolha das palavras adequadas, seu vasto conhecimento, testificaram da incomparável capacidade e vigor de suas faculdades. Ficaram, portanto, perante o rei. "Todas as vezes que o rei fazia perguntas a respeito de qualquer assunto que exigisse inteligência ou conhecimento, descobria que os quatro eram dez vezes mais inteligentes do que todos os sábios e adivinhos de toda a Babilônia." Daniel 1:20. MJ 241 2 Deus honra sempre a retidão. Os jovens mais promissores de todas as terras sujeitadas pelo grande conquistador foram reunidos em Babilônia; todavia, entre eles, destacavam-se os cativos hebreus. O porte ereto, o passo firme e gracioso, a aparência distinta, os sentidos não embotados, o hálito incontaminado -- eram todos sinais da nobreza com que a natureza honra os que são obedientes às suas leis. Efeitos dos hábitos sobre a mente MJ 241 3 A lição aqui apresentada é daquelas que faríamos bem em ponderar. Uma completa obediência às exigências bíblicas será uma bênção tanto para o corpo como para a mente. O fruto do Espírito não é somente amor, alegria e paz, mas temperança também. É-nos ordenado que não contaminemos o corpo; pois ele é o templo do Espírito Santo. MJ 242 1 Os cativos hebreus eram homens de paixões semelhantes às nossas. Entre as sedutoras influências da luxuosa corte de Babilônia, eles permaneceram firmes. Os jovens de hoje estão cercados de tentações para satisfazer o próprio eu. Especialmente em nossas grandes cidades, toda forma de satisfação sensual se apresenta fácil e convidativa. Aqueles que, como Daniel, recusam a contaminar-se, receberão a recompensa dos hábitos de temperança. Com seu maior vigor físico e capacidade de resistência, possuem um depósito de onde sacar em caso de emergência. MJ 242 2 Os corretos hábitos físicos promovem a superioridade mental. A capacidade intelectual, a vitalidade orgânica e a longevidade dependem de leis imutáveis. O Deus da natureza não intervirá para proteger os homens das conseqüências de transgredir as exigências da natureza. Aquele que se esforça pelo domínio deve ser temperante em todas as coisas. A clareza mental de Daniel, sua firmeza de propósito, a capacidade de adquirir conhecimentos e resistir à tentação, eram em alto grau devidas à simplicidade de seu regime alimentar, aliada à sua vida de oração. Moldar nosso próprio destino MJ 242 3 Há pura verdade no ditado: "Cada homem é o arquiteto de seu próprio destino." Conquanto os pais sejam responsáveis pelo desenvolvimento do caráter, bem como pela educação dos filhos e filhas, é ainda verdade que nossa posição e utilidade no mundo dependem, em grande parte, de nosso próprio procedimento. MJ 243 1 Daniel e seus companheiros fruíram os benefícios de uma educação correta nos primeiros anos da vida, mas essas vantagens, por si mesmas, não haveriam feito deles o que foram. Chegou o tempo em que deviam agir por si mesmos -- em que seu futuro dependia do próprio proceder. Decidiram então ser fiéis às lições recebidas na infância. O temor de Deus, que é o princípio da sabedoria, foi o fundamento de sua grandeza. MJ 243 2 A história de Daniel e seus jovens companheiros foi registrada nas páginas da Palavra Inspirada para benefício dos jovens de todos os séculos futuros. Mediante o registro de sua fidelidade aos princípios de temperança, está Deus falando hoje aos rapazes e moças, pedindo-lhes que apanhem os preciosos raios de luz que Ele deu quanto à temperança cristã, e passem a praticar as leis de saúde. Recompensas da temperança MJ 243 3 Existe atualmente necessidade de homens que, como Daniel, realizem e sejam ousados. Coração puro e vigorosa e destemida mão, são coisas necessárias no mundo hoje. É desígnio de Deus que o homem progrida sempre, atingindo cada dia um mais elevado nível na escala da excelência. Ele nos ajudará, se buscarmos ajudar a nós mesmos. Nossa esperança de felicidade em dois mundos depende de nosso aperfeiçoamento num deles. Cumpre guardar-nos, em todos os sentidos, contra a primeira aproximação da intemperança. MJ 243 4 Queridos jovens, Deus os chama a efetuar uma obra que, mediante Sua graça, podem realizar. Apresentem-se a Deus "como um sacrifício vivo, dedicado ao Seu serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus". Romanos 12:1. Apresentem-se na varonilidade e feminilidade que Deus os dotou. Manifestem uma pureza de gostos, de apetite e de hábitos que possam ser equiparados aos de Daniel. Deus os recompensará com nervos calmos, mente clara, são juízo, viva percepção. Os jovens de hoje, cujos princípios são firmes e inabaláveis, serão abençoados com saúde física, mental e espiritual. -- The Youth's Instructor, 9 de Julho de 1903. Religião e saúde MJ 244 1 "Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor." Salmos 111:10. Quando homens de hábitos errôneos e práticas pecaminosas se rendem ao poder da verdade divina, a entrada da Palavra de Deus dá luz e entendimento ao simples. Há aplicação da verdade ao coração; e revive o poder moral, que parecia ter sido paralisado. O que a recebe é possuído de mais forte e claro entendimento do que antes. Firmou a alma na Rocha eterna. A saúde melhora, no mesmo sentido de sua segurança em Cristo. Assim, a verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. -- Testemunhos Para a Igreja 4:553, 554. MJ 246 1 O Espírito de Deus, santo e educador, está em Sua Palavra. Uma luz, nova e preciosa, irradia de cada página. A verdade é revelada, palavras e frases se nos tornam claras e apropriadas para a ocasião, como a voz de Deus falando à alma. MJ 246 2 O Espírito Santo aprecia dirigir-Se à juventude, para desvendar-lhe os tesouros e belezas da Palavra de Deus. As promessas pronunciadas pelo grande Mestre cativarão os sentidos e animarão a alma com poder espiritual que é divino. Florescerá na mente fértil uma familiaridade com as coisas divinas, que será como baluarte contra a tentação. -- Parábolas de Jesus, pág. 132. ------------------------Capítulo 77 -- Segurança através da oração MJ 247 1 Em meio aos perigos destes últimos dias, a única segurança dos jovens está em intensificar a vigilância e a oração. O jovem que sente prazer na leitura da Palavra de Deus e na hora da oração será constantemente refrigerado pelo beber da fonte da vida. Atingirá um nível de excelência moral e pensamentos tão amplos que outros não podem compreender. A comunhão com Deus estimula bons pensamentos, aspirações nobres, percepções claras da verdade e elevados propósitos de ação. Aqueles que assim se ligam a Deus são reconhecidos por Ele como Seus filhos e filhas. Estão constantemente alcançando mais e mais, obtendo mais claros vislumbres de Deus e da eternidade, até que o Senhor os torna canais de luz e sabedoria para o mundo. Como orar MJ 247 2 A oração não é compreendida como deveria ser. Nossas orações não são para informar a Deus de algo que Ele não sabe. O Senhor conhece os segredos de cada um. Nossas orações não precisam ser longas e em voz alta. Deus lê os pensamentos ocultos. Podemos orar em particular, e Aquele que vê secretamente ouvirá e nos recompensará publicamente. MJ 247 3 As orações feitas a Deus para falar-Lhe de toda a nossa indignidade, quando não nos sentimos absolutamente indignos, são orações hipócritas. É a oração sincera que Deus atende. "Pois o Altíssimo, o Santo Deus, o Deus que vive para sempre, diz: 'Eu moro num lugar alto e sagrado, mas moro também com os humildes e os aflitos, para dar esperança aos humildes e aos aflitos, novas forças.'" Isaías 57:15. MJ 248 1 A finalidade da oração não é produzir qualquer mudança em Deus; ela nos coloca em harmonia com Ele. Não ocupa o lugar do dever. Por mais freqüentes e fervorosas que sejam as orações feitas, jamais serão aceitas por Deus em lugar de nosso dízimo. A oração não paga nossas dívidas para com Deus. ... A oração traz poder MJ 248 2 A força que a oração a Deus proporciona nos prepara para os deveres diários. As tentações a que estamos diariamente expostos tornam a oração uma necessidade. Para que sejamos guardados pelo poder de Deus através da fé, os desejos da mente devem ser continuamente elevados em silenciosa oração. Quando somos cercados pelas influências destinadas a nos desviar de Deus, nossos pedidos de auxílio e força devem ser constantes. Se não for assim, nunca seremos bem-sucedidos em vencer o orgulho e o poder da tentação quanto aos pecados que nos separam do Salvador. A luz da verdade santificando a vida revelará, ao que a recebe, as paixões pecaminosas do coração que estão lutando pela supremacia e que lhe tornam necessários todos os seus esforços para resistir a Satanás e vencer através dos méritos de Jesus. -- The Youth's Instructor, 18 de Agosto de 1898. ------------------------Capítulo 78 -- Oração sincera é atendida MJ 249 1 Foi no monte, com Deus, que Moisés contemplou o modelo daquela maravilhosa construção que devia ser o lugar permanente de Sua glória. É com Deus no monte -- o lugar secreto de comunhão -- que devemos contemplar Seu glorioso ideal para a humanidade. Assim seremos habilitados a modelar a edificação de nosso caráter de tal maneira que esta promessa possa se cumprir em nós: "Eu vou morar e viver com eles. Serei o Deus deles, e eles serão o Meu povo." 2 Coríntios 6:16. MJ 249 2 Enquanto estamos envolvidos em nosso trabalho diário, devemos elevar a mente ao Céu em oração. Esses pedidos silenciosos sobem como incenso diante do trono da graça; e o inimigo é frustrado. O cristão que coloca o coração em Deus não pode ser vencido. Nenhuma artimanha maligna pode destruir sua paz. Todas as promessas da Palavra de Deus, todo o poder da graça divina, todos os recursos de Jeová, são usados para garantir seu livramento. Foi assim que Enoque andou com Deus. E Deus estava com Ele, um auxílio em todo tempo de necessidade. ... Em contato com o infinito MJ 249 3 A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro recurso da graça pode substituí-la, e a saúde da alma ser conservada. A oração coloca a pessoa em contato imediato com a Fonte da vida, e fortalece os nervos e músculos da experiência religiosa. Se o exercício da oração for desprezado ou ela for feita ocasionalmente, quando parecer conveniente, você perderá a firmeza em Deus. As faculdades espirituais perdem a vitalidade, a experiência religiosa não tem saúde e vigor. ... MJ 250 1 É maravilhoso podermos orar sabendo que seremos ouvidos, que mortais indignos e pecadores podem apresentar seus pedidos a Deus. Que mais elevado poder pode o homem desejar do que este -- estar ligado com o Deus infinito? O homem fraco e pecador tem o privilégio de falar com seu Criador. Podemos proferir palavras que cheguem ao trono do Rei do Universo. Podemos falar com Jesus enquanto caminhamos, e Ele diz: Estou ao seu lado. Salmos 16:8. MJ 250 2 Podemos nos comunicar com Deus em nosso íntimo; podemos andar na companhia de Cristo. Quando envolvidos em nosso trabalho diário, podemos manifestar o desejo de nosso coração, inaudível a qualquer ouvido humano; mas essas palavras não desaparecerão no silêncio, nem serão perdidas. Nada pode sufocar o desejo do coração. Ele se ergue acima do barulho da rua, acima do ruído das máquinas. É com Deus que estamos falando e nossa oração é ouvida. MJ 250 3 Peça, então; peça e você receberá. Peça humildade, sabedoria, coragem, mais fé. Toda oração sincera será atendida. Talvez não seja atendida exatamente como se deseja, ou na hora em que se espera; mas será atendida no momento e da maneira que for melhor para satisfazer sua necessidade. Deus responde às orações que você faz na solidão, quando está cansado, em provação, nem sempre conforme espera, mas sempre para o seu bem. -- Obreiros Evangélicos, 254-258. ------------------------Capítulo 79 -- Nossa atitude em oração MJ 251 1 Tanto no culto público como no particular, é nosso privilégio dobrar os joelhos perante o Senhor quando fazemos nossos pedidos a Ele. Jesus, nosso exemplo, "ajoelhou-Se e começou a orar". Lucas 22:41. Acerca de Seus discípulos está registrado que eles também se ajoelhavam e oravam. Atos 9:40; 20:36; 21:5. Paulo declarou: "... eu me ajoelho diante do Pai". Efésios 3:14. Ao confessar perante Deus os pecados de Israel, Esdras se ajoelhou. Esdras 9:5. Daniel "ajoelhou-se e orou, dando graças ao seu Deus. Ele costumava fazer isso três vezes por dia". Daniel 6:10. MJ 251 2 A verdadeira reverência para com Deus é inspirada pela percepção de Sua infinita grandeza e de Sua presença. Todo coração deve ser profundamente impressionado com essa percepção do Invisível. A hora e o lugar da oração são sagrados, porque Deus está ali; e, à medida que a reverência for manifestada em atitude e comportamento, o sentimento que a inspirará se tornará mais profundo. "Ele é santo e poderoso" (Salmos 111:9), declara o salmista. Quando os anjos falam Seu nome, cobrem o rosto. Com que reverência, então, nós, caídos e pecadores, devemos proferi-lo! MJ 251 3 Bom seria, para idosos e moços, meditarem nas palavras da Escritura que mostram como deve ser considerado o lugar marcado pela presença especial de Deus. "Pare aí e tire as sandálias", ordenou Ele a Moisés na sarça ardente, "pois o lugar onde você está é um lugar sagrado." Êxodo 3:5. Jacó, depois de contemplar a visão dos anjos, exclamou: "De fato, o Senhor Deus está neste lugar, e eu não sabia disso." Gênesis 28:16. -- Obreiros Evangélicos, 178, 179. ------------------------Capítulo 80 -- Fé e oração MJ 252 1 Através da fé em Cristo, toda deficiência de caráter pode ser compensada, toda contaminação removida, toda falta corrigida, toda boa qualidade desenvolvida. MJ 252 2 "E vocês receberam a vida completa por estarem unidos com Ele." Colossences 2:10. A oração e a fé são aliadas íntimas, e necessitam ser consideradas juntas. Na oração da fé, há uma ciência divina; é uma ciência que todo aquele que deseja tornar o trabalho um sucesso deve compreender. Cristo diz: "Quando vocês orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo lhes será dado." Marcos 11:24. Ele deixa claro que o nosso pedido deve ser feito de acordo com a vontade de Deus; devemos pedir coisas que Ele prometeu, e o que recebermos deve ser usado em fazer Sua vontade. Satisfeitas as condições, a promessa é certa. MJ 252 3 Podemos pedir o perdão do pecado, o Espírito Santo, um temperamento cristão, sabedoria e força para fazer a obra de Deus, algum dom que Ele prometeu; então devemos crer que recebemos e agradecer a Deus por termos recebido. MJ 252 4 Não precisamos esperar por qualquer evidência exterior da bênção. O dom está na promessa, e podemos fazer nossa parte, certos de que Deus é capaz de realizar o que prometeu, e de que o dom que já possuímos se manifestará quando mais necessitarmos dele. -- Educação, 257, 258. ------------------------Capítulo 81 -- Cabeça boa MJ 253 1 O estudo da Bíblia é superior a todos os outros no fortalecimento do intelecto. Quanto conhecimento os jovens podem adquirir ao explorar a Palavra de Deus! A mente pode se aprofundar mais e mais em seu estudo, adquirindo força a cada esforço para compreender a verdade; e ainda existe um infinito além. MJ 253 2 Os que professam amar a Deus e reverenciar as coisas sagradas, mas permitem que a mente se rebaixe ao que é superficial e irreal, estão-se colocando no terreno de Satanás e fazendo sua obra. Se os jovens estudassem as gloriosas obras de Deus na natureza, Sua majestade e poder como revelados em Sua Palavra, teriam as faculdades avivadas e elevadas. Receberiam força, sem arrogância. Através da contemplação das maravilhas do poder divino, a mente aprenderá esta lição -- a mais difícil, porém a mais útil de todas -- de que a sabedoria humana é loucura se não estiver ligada ao Infinito e santificada pela graça. A obra mediadora de Cristo MJ 253 3 A obra do querido Filho de Deus de ligar a criatura com o Criador, o finito com o Infinito, através de Sua própria pessoa divina, é um tema que bem pode ocupar nossos pensamentos por toda a existência. Essa obra de Cristo deveria confirmar a inocência e lealdade dos seres de outros mundos, bem como salvar os perdidos e os que estão a perecer na Terra. Ele abriu um caminho para que os desobedientes voltassem a obedecer a Deus, enquanto, pelo mesmo ato, protegeu os que já eram puros, para que não se contaminassem com o pecado. MJ 254 1 Enquanto nos alegramos de que existam mundos que jamais caíram, esses mundos louvam, honram e glorificam a Jesus Cristo pelo plano da redenção para salvar os filhos de Adão que pecaram, além de confirmá-los em sua posição e seu caráter de pureza. O braço que ergueu a família humana da ruína que Satanás trouxe à raça através de suas tentações é o mesmo que protegeu do pecado os habitantes de outros mundos. O Pai e o Filho Se preocupam e amparam cada mundo através do espaço infinito, e esse cuidado é constantemente exercido em favor da humanidade caída. Cristo está intercedendo em favor do homem, e a ordem dos mundos invisíveis também é conservada por Sua obra mediadora. Não são esses temas de suficiente grandeza e importância para ocupar nossos pensamentos e levar-nos a agradecer e adorar a Deus? Desenvolvimento intelectual MJ 255 2 Abram a Bíblia aos nossos jovens, atraiam sua atenção aos tesouros escondidos, ensinem-lhes a procurar suas jóias de verdade, e obterão tal força intelectual que o estudo de tudo quanto a filosofia abrange não poderia transmitir. Os grandes temas de que a Bíblia trata, a digna simplicidade de suas declarações inspiradas, os assuntos elevados que apresenta à mente, a luz penetrante e clara do trono de Deus iluminando o entendimento, desenvolverão tanto as faculdades da mente, que isso dificilmente poderá ser compreendido e nunca totalmente explicado. MJ 255 1 A Bíblia apresenta um campo ilimitado à imaginação, tão mais elevado e enobrecedor no caráter do que as criações superficiais do intelecto não santificado, tanto quanto o Céu está mais alto do que a Terra. A história inspirada de nossa raça é colocada nas mãos de cada indivíduo. Todos podem começar agora sua busca. Podem se familiarizar com nossos primeiros pais como se encontravam no Éden, em santa inocência, desfrutando a comunhão com Deus e com os anjos sem pecado. Podem comprovar como teve início o pecado e seus resultados sobre a raça humana, e seguir, passo a passo, o trajeto da história sagrada, conforme registra a desobediência e a impenitência do homem e a justa retribuição do pecado. A mais elevada cultura MJ 255 2 O leitor pode aprender com patriarcas e profetas; pode acompanhar as cenas mais inspiradoras; pode contemplar a Cristo, que era Rei no Céu, igual a Deus, descendo até à humanidade e colocando em prática o plano de redenção, libertando o homem das correntes com que Satanás o prendera, e tornando-lhe possível recuperar sua natureza semelhante a Deus. Cristo, tomando sobre Si a humanidade, mantendo-Se ao nível do homem por trinta anos, e oferecendo Sua vida em sacrifício pelo pecado para que o homem não fosse deixado a morrer, é um assunto para a mais profunda reflexão e o mais concentrado estudo. ... MJ 256 1 Compreenda a mente as maravilhosas verdades da Revelação, e nunca se contentará em empregar suas faculdades em assuntos banais; antes, se voltará sentindo aversão à literatura desprezível e aos divertimentos inúteis que estão desmoralizando os jovens de hoje. Os que têm aprendido com os poetas e sábios da Bíblia, e cuja mente tem sido despertada pelos gloriosos atos dos heróis da fé, sairão dos ricos campos de pensamentos muito mais puros de coração e elevados na mente do que se tivessem estudado os mais célebres autores seculares, ou contemplado e glorificado as façanhas dos Faraós, dos Herodes e dos Césares do mundo. MJ 256 2 As habilidades dos jovens estão, na maioria, inativas, porque eles não fazem do temor de Deus o princípio da sabedoria. O Senhor deu sabedoria e conhecimento a Daniel porque ele não era influenciado por qualquer poder que interferisse em seus princípios religiosos. A razão por que temos tão poucos homens de entendimento, de estabilidade e sólido valor, é que muitos pensam que encontrarão grandeza estando desligados do Céu. MJ 256 3 Deus não é reverenciado, amado e honrado pelos filhos dos homens. A religião não é vivida da mesma maneira que professada. O Senhor pouco pode fazer em favor do homem, porque ele facilmente se enche de orgulho e se considera muito importante! Deus deseja que aumentemos nossas aptidões e aproveitemos todo privilégio de expandir, cultivar e fortalecer o entendimento. O homem nasceu para uma vida mais elevada e nobre do que a que ele desenvolve. O período de nossa existência mortal nos prepara para a vida que se compara à vida de Deus. A Bíblia é uma grande escola MJ 257 1 Que assuntos maravilhosos são apresentados nas Sagradas Escrituras para meditação! Onde poderão ser encontrados temas mais elevados para meditação? Onde podemos encontrar temas tão interessantes? Em que sentido são todas as pesquisas da ciência humana comparáveis, em sublimidade e mistério, à ciência da Bíblia? Onde encontrar algo que assim desperte as energias da mente em pensamento profundo e sério? MJ 257 2 Se permitirmos que nos fale, a Bíblia nos ensinará o que coisa alguma pode ensinar. Mas ai! O tempo é gasto em tudo, menos na Palavra de Deus. A literatura sem valor, histórias de ficção, são lidas com ansiedade, enquanto a Bíblia, com todos os seus tesouros de sagrada verdade, é negligenciada sobre nossa mesa. Se se tornar a norma da vida, a Palavra de Deus refinará, elevará e santificará. É a voz de Deus ao homem. Vamos dar-lhe ouvidos? MJ 257 3 "A explicação da Tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples." Salmos 119:130. Anjos se colocam ao lado daquele que pesquisa as Escrituras, para impressionar e iluminar-lhe a mente. A advertência de Cristo tem a mesma força para nós que ao ser dirigida aos primeiros discípulos, dezoito séculos atrás: "Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que falam a respeito de Mim." João 5:39. -- The Review and Herald, 11 de Janeiro de 1881. ------------------------Capítulo 82 -- Tarefa individual MJ 258 1 Os jovens devem examinar as Escrituras por si mesmos. Não devem achar que é suficiente os mais velhos em experiência descobrirem a verdade; que os mais jovens devem aceitá-la deles como autoridade. Os judeus pereceram como nação porque foram afastados da verdade bíblica por seus líderes, sacerdotes e anciãos. Se eles tivessem dado ouvido às lições de Jesus e examinado as Escrituras por si mesmos, não teriam perecido. ... MJ 258 2 É impossível para qualquer mente compreender toda a riqueza e grandeza de uma única promessa de Deus. Um capta a glória de um ponto de vista, outro a beleza e graça de outro ponto, e o espírito enche-se da luz celestial. Se víssemos toda a glória, o espírito não suportaria. Mas podemos suportar revelações muitíssimo maiores das abundantes promessas de Deus do que agora desfrutamos. Fico triste em pensar como perdemos de vista a plenitude da bênção para nós reservada. Nós nos contentamos com rápidos lampejos de iluminação espiritual, quando poderíamos caminhar, dia após dia, na luz de Sua presença. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 109, 111. ------------------------Capítulo 83 -- Estudando a Bíblia MJ 259 1 "Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna." João 5:39. [Em lugar da palavra "estudam", acha-se, na versão inglesa, "search", isto é, pesquisam, buscam.] Dar busca significa procurar com muito cuidado alguma coisa que se perdeu. Busque os tesouros escondidos na Palavra de Deus. Você não pode ficar sem eles. Estude as passagens difíceis, comparando verso com verso, e descobrirá que um texto é a chave para outro texto. MJ 259 2 Os que estudam a Bíblia com oração ficam mais sábios depois de cada pesquisa. Algumas de suas dificuldades foram resolvidas, porque o Espírito Santo realizou a obra mencionada em João 14:26: "O Auxiliador, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em Meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará com que lembrem de tudo o que Eu disse a vocês." MJ 259 3 Nada que valha a pena possuir é obtido sem diligente e perseverante esforço. Nos negócios, unicamente aqueles que têm vontade de fazer as coisas experimentam bons resultados. Sem esforço não podemos esperar obter conhecimento de coisas espirituais. Os que conseguem as jóias da verdade precisam cavar à sua procura como um mineiro cava para encontrar o ouro escondido na terra. MJ 259 4 Os que trabalham com indiferença e não se dedicam completamente não serão bem-sucedidos. Jovens e idosos devem ler a Palavra de Deus; e não somente devem lê-la, mas estudá-la com muita atenção, orando, crendo e investigando. Assim encontrarão o tesouro escondido, porque o Senhor lhes avivará o entendimento. Mente receptiva MJ 260 1 No estudo da Palavra, deixe de lado as opiniões preconcebidas e as idéias herdadas e cultivadas. Você nunca alcançará a verdade se estudar as Escrituras para defender suas próprias idéias. Deixe-as de lado e, com o coração contrito, ouça o que o Senhor tem a lhe dizer. Quando a pessoa humilde que procura a verdade senta-se aos pés de Cristo e aprende dEle, a Palavra lhe dá entendimento. Àqueles que são sábios demais aos próprios olhos para estudar a Bíblia, Cristo diz: Vocês devem se tornar mansos e humildes de coração, se desejam ser sábios para a salvação. MJ 260 2 Não leia a Palavra à luz de opiniões antigas; mas, com a mente livre de preconceitos, busque-a com cuidado e oração. Se, à medida que lê, sente-se convicto a respeito de algo, e nota que suas próprias opiniões não estão em harmonia com a Palavra, não tente adaptá-la a essas opiniões. Ajuste suas opiniões à Palavra. Não permita que as crenças ou práticas anteriores dominem o entendimento. Deixe a mente receptiva às maravilhas da lei. Descubra o que está escrito, e então firme os pés na Rocha eterna. O conhecimento da vontade de Deus MJ 260 3 Nossa salvação depende do conhecimento da vontade de Deus, segundo se encontra em Sua Palavra. Nunca pare de pedir e buscar a verdade. Você precisa conhecer seu dever. Necessita saber o que deve fazer para ser salvo. MJ 261 1 E é a vontade de Deus que você saiba o que Ele lhe tem dito. Mas deve exercer fé. À medida que examina as Escrituras, precisa crer que Deus existe, e que Ele recompensará os que O buscam diligentemente. MJ 261 2 Busque a Bíblia com o coração faminto de alimento espiritual. Procure na Palavra como o mineiro procura na terra para encontrar os veios de ouro. Não desista da busca até que tenha aprendido sua relação para com Deus e Sua vontade para você. -- The Youth's Instructor, 24 de Julho de 1902. Reverência no estudo da Bíblia MJ 261 3 Devemos estudar a Bíblia com reverência, sentindo que estamos na presença de Deus. Toda leviandade e futilidade devem ser colocadas de lado. Embora algumas porções da Palavra sejam facilmente compreendidas, o verdadeiro significado de outras partes não é tão rapidamente discernido. Deve haver estudo e meditação pacientes e oração fervorosa. Ao abrir as Escrituras, cada estudante deve pedir iluminação do Espírito Santo, e certa é a promessa de que será dada. MJ 261 4 O espírito com que estudam as Escrituras determinará o caráter de quem vai auxiliá-los. Anjos do mundo da luz estarão com os que buscam a orientação divina com humildade de coração. Mas se a Bíblia for aberta com irreverência, com sentimento de auto-suficiência, se o coração estiver cheio de preconceitos, Satanás estará ao seu lado, e apresentará as declarações simples da Palavra de Deus numa luz pervertida. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 107, 108. ------------------------Capítulo 84 -- Recompensas MJ 262 1 A busca pela verdade recompensará todas as vezes aquele que a procura, e cada descoberta abrirá mais ricos campos à sua pesquisa. Os homens são transformados de acordo com o que contemplam. Se pensamentos e questões comuns ocupam a atenção, o homem será comum. Se é negligente demais para obter apenas uma compreensão superficial da verdade de Deus, não receberá as ricas bênçãos que Ele Se alegraria em dar-lhe. É a lei da mente que ela se estreite ou amplie nas dimensões das coisas com que se torna familiarizada. MJ 262 2 As faculdades mentais certamente diminuirão e perderão sua capacidade de compreender o profundo sentido da Palavra de Deus, a menos que sejam colocadas, rigorosa e persistentemente, na tarefa de buscar a verdade. A mente ampliará seus horizontes, ao se dedicar a descobrir a relação dos temas bíblicos, comparando texto com texto, e coisas espirituais com coisas espirituais. Não se contente com o superficial; os mais preciosos tesouros do pensamento aguardam o estudante hábil e aplicado. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1888. Um guia MJ 262 3 Que o estudante faça da Bíblia o seu guia, e permaneça firme nos princípios, e poderá aspirar a qualquer altura. -- A Ciência do Bom Viver, 465. ------------------------Capítulo 85 -- A melhor filosofia de vida MJ 263 1 Como educador, as Escrituras Sagradas não têm rival. A Bíblia é a história mais antiga e abrangente que os homens possuem. Procede diretamente da Fonte da verdade eterna; e a mão de Deus preservou sua pureza através dos séculos. Ela ilumina o passado distante, onde a pesquisa humana procura em vão penetrar. Apenas na Palavra de Deus contemplamos o poder que lançou os fundamentos da Terra e estendeu os céus. Apenas nela encontramos um relato autêntico da origem das nações. Unicamente nela se apresenta a história de nossa raça, sem a influência do orgulho ou preconceito humano. Voz de Deus MJ 263 2 A mente encontra na Palavra de Deus assuntos para a mais profunda reflexão e as mais elevadas aspirações. Através dela podemos manter comunhão com patriarcas e profetas, e ouvir a voz do Eterno ao falar com os homens. Nela contemplamos a Majestade do Céu, quando Se humilhou para tornar-Se nosso substituto e segurança, para enfrentar sozinho o poder das trevas e obter a vitória em nosso favor. Uma contemplação reverente de temas como esses não pode deixar de suavizar, purificar e enobrecer o coração, além de inspirar a mente com nova força e vigor. MJ 263 3 Os que consideram como ato corajoso e maduro tratar os pedidos de Deus com indiferença e desprezo estão desse modo denunciando sua própria loucura e ignorância. Enquanto se orgulham de sua liberdade e independência, estão na verdade no cativeiro do pecado e de Satanás. Verdadeira filosofia de vida MJ 264 1 Uma concepção clara do que Deus é, e do que Ele requer que sejamos, nos conduzirá à verdadeira humildade. Aquele que estuda corretamente a Santa Palavra saberá que o intelecto humano não é onipotente. Aprenderá que, sem o auxílio que só Deus pode dar, a força e a sabedoria humanas são apenas fraqueza e ignorância. MJ 264 2 O que segue a orientação divina encontra a única fonte verdadeira de graça salvadora e real felicidade, e obtém o poder de transmitir felicidade a todos ao seu redor. Ninguém pode verdadeiramente ter prazer na vida sem religião. O amor a Deus purifica e enobrece cada gosto e desejo, intensifica cada sentimento e Abrilhanta todo prazer digno. Habilita o homem a apreciar e ter prazer em tudo que é verdadeiro, bom e belo. MJ 264 3 Mas o que deve nos levar a apreciar a Bíblia, acima de todas as demais considerações, é que nela está revelada a vontade de Deus aos homens. Nela aprendemos o objetivo de nossa criação e os meios pelos quais esse objetivo pode ser atingido. Aprendemos de maneira sábia como melhorar a vida presente e como garantir a futura. Nenhum outro livro pode satisfazer às dúvidas da mente ou aos anseios do coração. Obtendo conhecimento da Palavra de Deus e dando-lhe atenção, os homens podem erguer-se das maiores profundezas da degradação, para se tornarem filhos de Deus, companheiros de anjos puros. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 52-54. ------------------------Capítulo 86 -- Comportamento na igreja MJ 265 1 É seu privilégio, querido jovem, glorificar a Deus na Terra. Para fazer isso, você deve desviar a mente das coisas superficiais, frívolas e sem importância, para as que são de valor eterno. MJ 265 2 Estamos vivendo num tempo em que todos devemos especialmente atender à recomendação do Salvador: "Vigiem e orem para que não sejam tentados." Mateus 26:41. Uma de suas tentações mais fortes é a irreverência. Deus é altíssimo e santo; e para a alma humilde e crente, Sua casa na Terra, o lugar em que Seu povo se reúne para adorá-Lo, é a porta do Céu. Os hinos de louvor, as palavras proferidas pelos ministros de Cristo, são instrumentos designados por Deus para preparar um povo para a igreja celeste, para aquele culto de adoração mais elevado, em que nada do que é impuro e não santificado poderá participar. MJ 265 3 A reverência é muito necessária entre os jovens deste século. Fico alarmada ao ver crianças e jovens, filhos de pais religiosos, tão descuidados quanto à ordem e às boas maneiras que devem ser observadas na casa de Deus. Enquanto os servos de Deus estão apresentando as palavras de vida às pessoas, alguns ficam lendo, outros cochichando e rindo. Eles estão pecando ao desviar a atenção dos que estão ao seu redor. Se não for corrigido, esse hábito aumentará e influenciará a outros. MJ 266 1 Crianças e jovens nunca devem achar que seja motivo de orgulho ser indiferentes e descuidados nas reuniões onde Deus é adorado. Deus vê todo pensamento ou ato irreverente, e isso é registrado nos livros do Céu. Ele diz: "Eu sei o que vocês têm feito." Não há nada que não pode ser visto por Seus olhos. Se vocês já formaram em qualquer grau o hábito da desatenção ou indiferença na casa de Deus, usem a capacidade que têm para corrigi-lo, e mostrem que têm respeito próprio. Pratiquem a reverência até que ela se torne parte de vocês mesmos. MJ 266 2 Não tenham tão pouca reverência pela casa e o culto de Deus a ponto de conversar uns com os outros durante o sermão. Se os que cometem essa falta pudessem ver os anjos de Deus olhando para eles e anotando suas ações, sentiriam vergonha e desprezo por si mesmos. Deus deseja ter ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que o inimigo semeou o joio. MJ 266 3 Nada do que é sagrado, nada do que pertence ao culto de Deus, deve ser tratado com descuido e indiferença. Quando a palavra da vida é apresentada, vocês devem se lembrar de que estão ouvindo a voz de Deus através de Seu servo escolhido. Não perca essas palavras pela desatenção; se atendidas, elas poderão impedir que seus pés se desviem para os maus caminhos. Leviandade para com as coisas religiosas MJ 266 4 Sinto-me triste ao ver muitos jovens que se dizem cristãos não saberem o que significa uma mudança de coração. Não sabem o que é transformação de caráter. Não percebem que é uma coisa solene professar ser cristão. Sua vida é inteiramente incoerente. Não têm a disposição de um espírito cristão. Se eles fizessem parte dos que são verdadeiramente filhos e filhas de Deus, não se satisfariam com bobagens, gracejos e futilidades; nem os comentários e a conduta tola dos outros lhes despertariam o mesmo espírito. A mente que está decidida a obter o prêmio, garantir o Céu, rejeitará com firme e determinado propósito toda tentativa de gracejo e zombaria com respeito às coisas espirituais. MJ 267 1 A indiferença quanto a esse assunto oferece grande perigo; nenhuma loucura é tão sutil como a falta de reflexão e a leviandade. De todos os lados vemos jovens de caráter frívolo. Todos os jovens desse tipo devem ser evitados; pois são perigosos. Se dizem ser cristãos, devem ser mais temidos ainda. Sua mente está moldada em forma inferior e será muito mais fácil para eles rebaixá-los ao nível deles, do que vocês conduzi-los a elevados e nobres pensamentos e à maneira correta de proceder. Que seus companheiros sejam decentes nas palavras e na conduta. MJ 267 2 Para fazerem o melhor em demonstrar o louvor de Deus, suas amizades devem ser as que mantêm em sua mente a diferença entre o sagrado e o comum. Se vocês desejam ter visão ampla, pensamentos e aspirações nobres, escolham amigos que fortaleçam os princípios corretos. Que todo pensamento e propósito de cada ação sejam para garantir a vida futura e a felicidade eterna. -- The Youth's Instructor, 8 de Outubro de 1896. ------------------------Capítulo 87 -- Uma firme esperança MJ 268 1 Como você sabe se foi aceito por Deus? Estude Sua Palavra com oração. Não a troque por qualquer outro livro. Esse livro convence do pecado. Revela claramente o caminho da salvação. Apresenta uma recompensa brilhante e gloriosa. Revela um Salvador completo, e ensina que unicamente através de Sua ilimitada misericórdia você pode esperar a salvação. MJ 268 2 Não despreze a oração particular, pois é a alma da religião. Com oração sincera e fervorosa, peça pureza de alma. Suplique tão ardente e fervorosamente como o faria por sua existência mortal, caso ela estivesse em jogo. Permaneça diante de Deus até que você deseje ardentemente a salvação, e seja obtida a doce certeza do perdão dos pecados. MJ 268 3 A esperança da vida eterna não deve ser sustentada por frágeis fundamentos. É um assunto que deve ser alicerçado entre Deus e você mesmo -- consolidado para a eternidade. Uma suposta esperança, apenas, não é suficiente. Visto que depende da Palavra de Deus a sua vitória ou queda, é nessa Palavra que você deve buscar testemunho em seu caso. Nela você pode ver o que é exigido para que se torne cristão. Não tire a armadura nem abandone o campo de batalha até que tenha obtido a vitória e triunfe em seu Redentor. -- Testemunhos Para a Igreja 1:56. MJ 270 1 Moços e moças: Lede a literatura que vos comunique o verdadeiro conhecimento, e seja de auxílio para a família inteira. Dizei firmemente: "Não passarei preciosos momentos na leitura daquilo que de nenhum proveito me será, e tão-somente me incapacitará para ser prestadio aos outros. Dedicarei meu tempo e pensamentos, buscando habilitar-me para o serviço de Deus. Fecharei os olhos para as coisas frívolas e pecaminosas. Meus ouvidos pertencem ao Senhor, e não escutarei o sutil arrazoamento do inimigo. De maneira nenhuma minha voz se sujeitará a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o templo do Espírito Santo, e cada faculdade de meu ser será consagrada para atividades dignas." -- Test. Seletos, vol. 3, pág. 104. ------------------------Capítulo 88 -- Escolha da leitura MJ 271 1 Educação nada mais é do que um preparo das faculdades físicas, intelectuais e espirituais para o melhor cumprimento de todos os deveres da vida. A capacidade de resistência e a força e atividade do cérebro são diminuídas ou aumentadas pela maneira como são empregadas. A mente deve ser disciplinada de modo que todas as suas faculdades sejam simetricamente desenvolvidas. MJ 271 2 Muitos jovens são ávidos pela leitura de livros. Desejam ler tudo que encontram pela frente. Eles devem ter cuidado com o que lêem, bem como com o que ouvem. Fui instruída de que eles se encontram em maior perigo de ser influenciados pela leitura imprópria. Satanás tem mil maneiras de perturbar a mente dos jovens. Não podem seguramente estar distraídos nenhum momento sequer. Devem proteger a mente, para que não sejam seduzidos pelas tentações do inimigo. Influência da leitura nociva MJ 271 3 Satanás sabe que a mente é afetada em alto grau por aquilo de que se alimenta. Ele está tentando induzir tanto os jovens como os adultos a ler romances, contos e literatura semelhante. Os leitores de tais textos se tornam incapazes para os deveres que se acham diante deles. Vivem uma vida irreal e não sentem desejo de buscar as Escrituras, para alimentar-se do maná espiritual. A mente que precisa se fortalecer é enfraquecida, e perde a capacidade de estudar as grandes verdades relacionadas com a missão e obra de Cristo -- verdades que fortificariam a mente, despertariam a imaginação e criariam um forte e fervoroso desejo de vencer como Cristo venceu. Inimigos da espiritualidade MJ 272 1 Se fosse possível eliminar grande parte dos livros publicados, seria detida uma praga que está realizando uma obra terrível sobre a mente e o coração. Romances, contos banais e excitantes, e até mesmo os livros chamados de novelas religiosas -- obras nas quais o autor incorpora à história uma lição moral -- são uma desgraça para os leitores. Sentimentos religiosos podem estar entremeados em todo o livro de histórias, mas, na maioria dos casos, Satanás está apenas revestido das roupagens angélicas, as mais eficazes para enganar e seduzir. Ninguém está tão firme nos princípios corretos, ninguém está tão protegido da tentação, que esteja seguro lendo essas histórias. MJ 272 2 Os leitores de ficção estão entregando-se a um mal que destrói a espiritualidade, ocultando a beleza da Página Sagrada. Isso cria uma agitação nociva, exalta a imaginação, incapacita a mente para a utilidade, afasta a pessoa da oração e a desqualifica para qualquer exercício espiritual. MJ 272 3 Deus dotou muitos de nossos jovens com aptidões superiores; mas com muita freqüência eles têm enfraquecido sua capacidade, perturbado e debilitado a mente, de modo que por anos não têm crescido na graça ou no conhecimento das razões de nossa fé, por causa de sua escolha insensata de leitura. Aqueles que estão aguardando a breve volta de Jesus, esperando aquela maravilhosa transformação, quando "isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade" (1 Coríntios 15:54), devem, neste tempo de graça, permanecer num plano mais elevado de ação. MJ 273 1 Meu querido amigo jovem, pergunte à sua própria experiência quanto à influência de histórias excitantes. Você pode, depois de tal leitura, abrir a Bíblia e ler com interesse as palavras de vida? Não vai achar o Livro de Deus desinteressante? O encantamento daquela história de amor domina a mente, destruindo a imaginação saudável, e tornando-lhe impossível fixar a atenção nas verdades importantes e solenes que dizem respeito ao seu bem-estar eterno. MJ 273 2 Decididamente, abandone toda leitura inútil. Isso não fortalecerá sua espiritualidade, mas introduzirá na mente sentimentos que pervertem a imaginação, levando-o a pensar menos em Jesus e a demorar-se menos em Suas preciosas lições. Mantenha a mente livre de tudo que poderia conduzi-la a uma direção errada. Não a sobrecarregue com histórias inúteis, que não transmitem força às faculdades mentais. Os pensamentos vão corresponder ao alimento provido para a mente. O Livro dos livros MJ 273 3 A natureza de uma experiência religiosa é revelada pelo tipo de livro que a pessoa escolhe para ler em seus momentos de lazer. Para ter mente saudável e firmes princípios religiosos, os jovens devem viver em comunhão com Deus, através de Sua Palavra. Indicando o caminho da salvação por meio de Cristo, a Bíblia é nosso guia para uma vida mais elevada e melhor. Ela contém as mais interessantes e instrutivas histórias e biografias que já foram escritas. Aqueles cuja imaginação não se tornou pervertida pela leitura de ficção acharão a Bíblia o mais interessante dos livros. MJ 274 1 A Bíblia é o Livro dos livros. Se você ama a Palavra de Deus, buscando-a quando têm oportunidade, para que possua seus ricos tesouros e esteja perfeitamente preparado para toda boa obra, então pode estar certo de que Jesus o está atraindo a Si mesmo. Mas ler as Escrituras de forma casual, sem procurar compreender as lições de Cristo para que possa corresponder às Suas exigências, não é suficiente. Há tesouros na Palavra de Deus que só podem ser descobertos cavando fundo na mina da verdade. MJ 274 2 A mente carnal rejeita a verdade; mas a pessoa que está convertida se submete a uma maravilhosa mudança. O livro que antes era sem atrativos porque revelava verdades que testificam contra o pecador se torna agora o alimento da espírito, a alegria e consolação da vida. O Sol da Justiça ilumina as páginas sagradas, e o Espírito Santo fala à pessoa através delas. ... MJ 274 3 Quem tem cultivado o gosto pelas leituras fúteis, volte agora a atenção para a firme palavra da profecia. Tome a Bíblia, e comece a estudar com novo interesse os registros sagrados do Antigo e do Novo Testamentos. Quanto mais freqüente e diligentemente estudar a Bíblia, mais bela se tornará, e menos prazer você terá nas leituras fúteis. Ligue esse precioso Livro ao coração. Ele lhe será um amigo e guia. -- The Youth's Instructor, 9 de Outubro de 1902. ------------------------Capítulo 89 -- A melhor opção MJ 275 1 Quando os efésios se converteram, mudaram seus hábitos e práticas. Sob a convicção do Espírito de Deus, agiram com prontidão e tornaram manifestos todos os mistérios de sua feitiçaria. Apresentaram-se e confessaram, mostrando suas ações, e se encheram de santa indignação por haverem prestado tal culto à magia, estimando tanto os livros nos quais as regras criadas por Satanás haviam estabelecido os métodos pelos quais podiam praticar a feitiçaria. Eles estavam decididos a desviar-se de servir ao maligno, e trouxeram seus livros caros e os queimaram publicamente. Assim, tornaram evidente sua sinceridade em volver-se para Deus. ... MJ 275 2 Os livros que os efésios queimaram em sua conversão ao evangelho, antes lhes agradavam, e eles permitiam que esses livros lhes governassem a consciência e guiassem a mente. Eles poderiam tê-los vendido, mas, assim fazendo, o mal seria perpetuado. Posteriormente, eles abominaram os mistérios satânicos, as artes mágicas, considerando com aversão o conhecimento que obtiveram dos mesmos. Gostaria de perguntar a cada jovem que se uniu à verdade: Você já queimou seus livros de magia? Os modernos livros de magia MJ 275 3 Não estou acusando ninguém do mal que prendia os efésios, nem afirmando que você tem praticado magia e se dedicado às artes de feitiçaria da mesma maneira que eles. MJ 276 1 Não estou dizendo que você tem seguido os mistérios da necromancia, ou mantido comunicação com espíritos maus. Mas não estaria você em comunhão com o autor de todo mal, com o idealizador de todos esses mistérios e artes diabólicas? Não estaria ouvindo as sugestões daquele que é o deus deste mundo, o príncipe das potestades do ar? Não se teria submetido a suas falsidades e se entregado como seu agente para realizar o que estava em harmonia com sua vida antes da conversão? Não se teria entregue para ser agente de Satanás e, num sentido mais amplo, não estaria mantendo comunicação com anjos caídos, e deles aprendendo lições na arte de enganar sua própria mente e a dos outros? MJ 276 2 E o que dizer dos livros de magia? O que você tem lido ultimamente? Como tem empregado seu tempo? Tem procurado estudar as Sagradas Escrituras para que possa ouvir a voz de Deus falando através de Sua Palavra? O mundo está cheio de livros que espalham as sementes da incredulidade, infidelidade e ateísmo. Em maior ou menor grau, você pode estar aprendendo as lições desses livros de magia. Afastam Deus da mente e separam a pessoa do verdadeiro Pastor. Mente incapacitada para pensamentos nobres MJ 276 3 Muitos livros que os jovens têm lido foram idealizados pelos agentes de Satanás para seduzir a mente com teorias elaboradas na sinagoga dele, para lhes mostrar como podem servir ao maligno com dignidade satânica. Quão numerosos são os livros de tendências infiéis, planejados para perturbar a mente através de dúvidas capciosas! Satanás tem soprado seu hálito venenoso sobre eles, e uma mortal malária espiritual afeta a pessoa que os lê. Quanta leitura de ficção há no mundo, para encher a mente com fantasias e loucuras, criando assim aversão às palavras de verdade e justiça! Desse modo, a mente fica incapacitada para ter pensamentos nobres, para paciente e perseverante estudo das Escrituras, que é o Livro-guia pelo qual todos devem ser dirigidos ao paraíso de Deus. MJ 277 1 Muita coisa é escrita acerca de conquistar um tesouro terrestre, como se a riqueza deste mundo pudesse comprar um passaporte para o Céu. Quantos livros de história têm sido escritos, repletos de realizações ousadas e presunçosas de homens cuja vida não lança nem um pequenino raio de luz sobre o caminho que conduz ao país melhor! Livros que desencaminham MJ 277 2 Quantos livros existem a respeito de guerras e derramamento de sangue, que desencaminham os jovens! Enquanto os lêem, Satanás permanece ao lado deles para inspirá-los com o espírito do guerreiro sobre o qual leram, o sangue se torna quente em suas veias e eles são incitados a cometer ações cruéis. Quão numerosos são os livros imorais, que induzem a desejos pecaminosos e que incitam as paixões do coração, desviando de tudo que é puro e santo! MJ 277 3 Vocês têm livros de magia, nos quais muitas cenas e descrições foram inspiradas por aquele que foi uma vez um anjo exaltado nas cortes do Céu. ... Quebrando o encanto da feitiçaria de Satanás MJ 278 1 Gostaria de perguntar: Não serão queimados os livros de magia? Na sinagoga de Satanás há lugares de atração em que a licenciosidade é promovida e alimentada; mas a testemunha ali está, e um visitante invisível testifica das ações praticadas nas trevas. Satanás reina nas reuniões dos tolos, orgulhosos e fanfarrões, e é o instigador principal das cenas de divertimentos. Lá está ele disfarçado. A feitiçaria está à nossa volta por toda a parte, e o mundo e a igreja estão sob a influência daquele que os levará a fazer coisas que nunca sonharam praticar. Se eles fossem informados das ações que realizarão, ficariam tão espantados quanto Hazael, quando o profeta lhe falou de sua futura conduta. ... MJ 278 2 Todo homem, mulher e criança que não se encontra sob o controle do Espírito de Deus está sob a influência do encantamento de Satanás e, por suas palavras e exemplo, desviará outros do caminho da verdade. Quando a graça transformadora de Cristo estiver no coração, uma justa indignação tomará conta da alma por haver o pecador negligenciado por tanto tempo a grande salvação que Deus providenciou para ele. Então se entregará, corpo, alma e espírito a Deus e se afastará da companhia de Satanás, através da graça que lhe é concedida por Deus. Como os efésios, denunciará a feitiçaria e cortará o último laço que o prende a Satanás. Deixará a bandeira do príncipe das trevas, e se unirá à bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel. Queimará os livros de magia. -- The Youth's Instructor, 16 de Novembro de 1833. ------------------------Capítulo 90 -- Alimento para a mente MJ 279 1 O que lerão nossos filhos? É uma questão séria e exige uma resposta séria. Estou preocupada em ver, em famílias cristãs, revistas e jornais contendo histórias seriadas, que não causam boa impressão à mente. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção tem sido assim desenvolvido. Eles tiveram o privilégio de ouvir as verdades da Palavra de Deus, de tornar-se familiarizados com as razões de nossa fé; mas chegaram à maturidade destituídos de verdadeira piedade. MJ 279 2 Esses queridos jovens necessitam muito colocar o melhor material na edificação de seu caráter -- o amor e o temor de Deus e o conhecimento de Cristo. Mas muitos não têm uma clara compreensão da verdade como é em Jesus. Sua mente se tem banqueteado com histórias sensacionalistas. Vivem num mundo irreal e tornam-se incapacitados para os deveres práticos da vida. Resultados de ler ficção MJ 279 3 Tenho observado crianças a quem foi permitido avançar nessa direção. Quer em casa ou fora, elas ficam inquietas ou distraídas, e são incapazes de conversar, exceto sobre os assuntos mais comuns. As faculdades mais nobres, as que se adaptam às mais elevadas atividades, têm sido degradadas pela contemplação de assuntos triviais ou pior que triviais, até que seu possuidor se torne satisfeito com tais temas, mal podendo alcançar coisas mais elevadas. A conversação e os pensamentos religiosos têm-se tornado desagradáveis para eles. MJ 280 1 O alimento mental que eles têm apreciado é contaminador em seus efeitos, e conduz a pensamentos impuros e sensuais. Sinto sincera pena por essas pessoas quando penso no quanto estão perdendo ao negligenciar oportunidades de obter conhecimento de Cristo, em quem estão colocadas nossas esperanças de vida eterna. Quanto tempo precioso é desperdiçado, no qual poderiam estar estudando o Modelo de verdadeira bondade! MJ 280 2 Conheço pessoalmente alguns que perderam o tono saudável da mente por causa de hábitos errados de leitura. Passam a vida com uma imaginação doentia, ofendendo-se com pequenas coisas. Aquilo que não receberia atenção de uma mente saudável e equilibrada torna-se para eles prova insuportável, obstáculo intransponível. Para essas pessoas, a vida se acha constantemente envolta em sombras. MJ 280 3 Os que têm se entregado ao hábito de envolver-se com histórias excitantes estão destruindo a força mental e se desqualificando para pensamentos ativos e pesquisas. Há homens e mulheres que se encontram agora no declínio da vida que nunca se recuperaram dos efeitos da leitura excessiva. MJ 280 4 O hábito, formado no princípio da vida, com eles cresceu e se tornou forte; e em seus esforços para vencê-lo, embora decididos, têm conseguido apenas um sucesso parcial. Muitos nunca recuperaram o vigor original da mente. Todas as tentativas de se tornarem de fato cristãos terminam no desejo. Não podem ser verdadeiramente semelhantes a Cristo, enquanto continuarem a alimentar a mente com esse tipo de literatura. MJ 280 5 O efeito físico não é menos desastroso. O sistema nervoso é sobrecarregado desnecessariamente por essa paixão pela leitura. Em alguns casos, jovens, e até mesmo os de mais idade, têm sido afligidos por paralisia, que não tem outra causa senão o excesso de leitura. A mente foi mantida sob constante excitação, até que o delicado mecanismo do cérebro se tornou tão enfraquecido que não pôde mais agir, resultando na paralisia. Embriaguez mental MJ 281 1 Quando o apetite por histórias excitantes e sensacionalistas é cultivado, o gosto moral se torna pervertido, e a mente não fica satisfeita a menos que seja constantemente alimentada com esse alimento inútil e prejudicial. Tenho visto moças, professas seguidoras de Cristo, que se sentiam verdadeiramente infelizes, a menos que tivessem em mãos alguma nova novela ou conto. A mente anseia por estimulantes da mesma maneira como o bêbado deseja a bebida alcoólica. Essas moças não manifestavam espírito de devoção; nenhuma luz celeste foi espalhada entre suas companheiras para levá-las à fonte de conhecimento. Não tinham experiência religiosa profunda. Se esse tipo de leitura não estivesse constantemente diante delas, poderia ter havido alguma esperança de correção; mas elas a desejaram e a obtiveram. MJ 281 2 Entristece-me ver jovens de ambos os sexos arruinando assim sua utilidade nesta vida, e deixando de obter uma experiência que os prepararia para uma vida eterna no Céu. Não podemos encontrar um termo mais apropriado para eles do que "embriagados mentais". MJ 281 3 Os hábitos excessivos de leitura exercem seguramente uma influência tão prejudicial sobre o cérebro quanto o causa a intemperança no comer e beber. O melhor remédio MJ 282 1 A melhor maneira de evitar o desenvolvimento do mal é ocupar primeiro o terreno. São necessários o máximo cuidado e vigilância no cultivo da mente e em nela semear as preciosas sementes da verdade bíblica. O Senhor, em Sua grande misericórdia, nos revelou nas Escrituras as regras do santo viver. ... MJ 282 2 Ele inspirou homens santos a registrarem, para nosso benefício, instruções a respeito dos perigos que cercam o caminho, e como fugir deles. Os que obedecem à Sua recomendação de buscar as Escrituras não serão ignorantes quanto a essas coisas. Entre os perigos dos últimos dias, cada membro da igreja deveria compreender as razões de sua esperança e fé -- razões que não são de difícil compreensão. Há o suficiente para ocupar a mente, se crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 123-126 (1890). Primeiros passos no pecado MJ 282 3 Um longo processo preparatório, desconhecido para o mundo, tem lugar no coração antes que o cristão cometa abertamente o pecado. A mente não desce de uma vez da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Leva tempo para que os que foram formados à imagem de Deus se degradem ao estado animalesco ou satânico. Pelo contemplar, somos transformados. Ao alimentar pensamentos impuros, o homem pode educar a mente de tal modo que o pecado que uma vez lhe causava aversão se tornará agradável. -- Patriarcas e Profetas, 459. ------------------------Capítulo 91 -- O livro mais interessante MJ 283 1 Tanto adultos como jovens negligenciam a Bíblia. Não fazem dela a base para seu estudo, a regra de sua vida. Especialmente os jovens são culpados dessa negligência. Muitos deles encontram tempo para ler outros livros, mas o livro que indica o caminho para a vida eterna não é estudado diariamente. Histórias inúteis são lidas com atenção, enquanto a Bíblia é negligenciada. Esse livro é nosso guia para uma vida mais elevada e mais santa. Os jovens a considerariam o livro mais interessante que já leram, se a imaginação não estivesse pervertida pela leitura de histórias fictícias. MJ 283 2 As mentes jovens não conseguem atingir um desenvolvimento mais nobre quando negligenciam a mais elevada fonte de sabedoria -- a Palavra de Deus. O fato de estarmos no mundo de Deus, na presença do Criador, de termos sido feitos à Sua semelhança, o fato de que Ele nos guarda, nos ama e cuida de nós -- são maravilhosos temas para se pensar, e conduzem a mente a campos de meditação amplos e elevados. Aquele que abre a mente e o coração a temas como esses nunca se satisfará com assuntos triviais e sensacionalistas. MJ 283 3 A importância de buscar um conhecimento completo das Escrituras dificilmente pode ser avaliada. "Inspirada por Deus", capaz de nos dar "a sabedoria que leva à salvação", tornando o servo de Deus "completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações" (2 Timóteo 3:15-17), a Bíblia tem o mais sagrado direito à nossa reverente atenção. Não devemos nos satisfazer com um conhecimento superficial, mas buscar aprender o significado completo das palavras de verdade, beber profundamente do espírito das Sagradas Escrituras. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 138, 139. O retrato do pecado MJ 284 1 Seria melhor que os jovens nunca lessem livros sobre assuntos sensacionalistas, publicados e divulgados com o fim de ganhar dinheiro. Há uma fascinação satânica em tais livros. A revoltante relação de crimes e atrocidades tem um poder fascinante sobre muitos, estimulando-os a pensar no que podem fazer no sentido de obter fama, mesmo através de ações cruéis. As perversidades, crueldades, práticas imorais, retratadas em alguns desses escritos estritamente históricos têm agido como fermento em muitas mentes, induzindo-as a cometer atos semelhantes. MJ 284 2 Livros que descrevem as práticas satânicas de seres humanos estão fazendo propaganda do mal. Não é necessário deter-se nesses pontos horríveis, e ninguém que acredita na verdade para este tempo deve ter participação em perpetuar a lembrança dos mesmos. Quando o intelecto é alimentado e estimulado por esse alimento depravado, os pensamentos se tornam impuros e sensuais. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 133, 134. ------------------------Capítulo 92 -- Coração protegido MJ 285 1 "Guarda o teu coração", é o conselho do sábio; "porque dele procedem as fontes da vida". Como o homem "imagina em sua alma, assim ele é". Provérbios 4:23; 23:7 (VA), revista e atualizada. O coração deve ser renovado pela graça divina, ou será em vão buscar pureza de vida. Aquele que tenta formar um caráter nobre e virtuoso, independentemente da graça de Cristo, está construindo sua casa sobre areia movediça. Nas violentas tempestades da tentação certamente ela será derrubada. A oração de Davi deve ser a súplica de toda alma: "Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme." Salmos 51:10. E tendo-nos tornado participantes do dom celestial, devemos prosseguir até a perfeição, sendo "por meio da fé" "guardados pelo poder de Deus". 1 Pedro 1:5. MJ 285 2 Contudo, temos uma obra a fazer para resistir à tentação. Quem não deseja ser presa das armadilhas de Satanás deve guardar bem as avenidas para o coração, evitando ler, ver ou ouvir qualquer coisa que sugira pensamentos impuros. A mente não deve ser deixada a divagar à toa em qualquer assunto que o inimigo possa sugerir. "Estejam prontos para agir", diz o apóstolo Pedro, "continuem alertas, ... e não deixem que a vida de vocês seja dominada por aqueles desejos que vocês tinham quando ainda eram ignorantes. Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo." 1 Pedro 1:13-15. Diz Paulo: "Encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, justo, puro, agradável e decente." Filipenses 4:8. Isso exigirá oração fervorosa e incessante vigiar. Devemos ser auxiliados pela influência permanente do Espírito Santo, que atrairá a mente para cima e a fará ocupar-se com coisas puras e santas. E devemos fazer estudo diligente da Palavra de Deus. "Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra. Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o salmista, "para eu não pecar contra Ti." Salmos 119:9, 11. -- Patriarcas e Profetas, 460. A palha e o trigo MJ 286 1 Querido jovem, pare de ler revistas de contos. Deixe de lado os romances. ... Faríamos bem em limpar nossa casa de todas as revistas de contos e de publicações que contêm gravuras ridículas -- representações originadas por instrumentos satânicos. Os jovens não podem permitir que a mente seja envenenada com tais coisas. "O que é a palha em comparação com o trigo?" Que todo aquele que afirma ser seguidor de Cristo leia apenas coisas que sejam de valor verdadeiro e eterno. MJ 286 2 Devemos nos preparar para deveres mais solenes. Um mundo deve ser salvo. ... Em vista da grande obra a ser feita, como pode alguém dar-se ao luxo de desperdiçar tempo precioso e meios dados por Deus fazendo coisas que não sejam para o seu bem ou para a glória de Deus? -- The Youth's Instructor, 14 de Agosto de 1906. ------------------------Capítulo 93 -- Construindo um caráter cristão MJ 287 1 Há livros de vital importância que não são lidos por nossos jovens. São negligenciados porque não lhes parece tão interessantes como algumas leituras mais leves. MJ 287 2 Devemos aconselhar os jovens para que utilizem essa literatura que se recomenda para formar o caráter cristão. Os pontos mais essenciais de nossa fé devem ser gravados na memória dos jovens. Eles têm recebido um vislumbre dessas verdades, mas não um conhecimento que os leve a encarar seu estudo com prazer. Nossos jovens devem ler aquilo que terá efeito saudável e santificador sobre a mente. Eles precisam disso para serem capazes de discernir o que é a verdadeira religião. Há muita leitura boa que não santifica. MJ 287 3 Agora é o tempo e oportunidade para trabalharmos pelos jovens. Diga-lhes que atualmente estamos em perigosa crise, e precisamos saber como discernir a verdadeira piedade. Nossos jovens precisam ser ajudados, erguidos e animados, mas da maneira correta; talvez não como desejariam, mas do modo que os ajude a ter mente santificada. Eles necessitam mais da boa e santificadora religião do que de qualquer outra coisa. MJ 287 4 Não espero viver muito. Minha obra está quase terminada. Diga aos nossos jovens que eu quero que minhas palavras os animem naquela maneira de viver que será mais atrativa para os seres celestes e que sua influência sobre os outros seja a mais enobrecedora possível. Recomenda-se um curso de leitura selecionado MJ 288 1 Estive, durante as horas da noite, selecionando e separando livros que não são de proveito para os jovens. Devemos selecionar para eles livros que os estimulem à sinceridade de vida e que os levem a abrir a Palavra. Isso me foi apresentado no passado, e pensei colocá-lo diante de vocês e torná-lo claro. Não podemos nos permitir oferecer aos jovens leitura sem valor. São necessários livros que sejam uma bênção à mente e ao espírito. Essas coisas são consideradas sem muita preocupação; portanto, nosso povo deve se familiarizar com o que estou dizendo. MJ 288 2 Não penso que eu tenha mais Testemunhos para nosso povo. Nossos homens de mente sensata sabem o que é bom para a continuação e edificação da obra. Mas, com o amor de Deus no coração, eles precisam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas divinas. Estou muito preocupada de que nossos jovens tenham a leitura adequada; então as pessoas de mais idade também a obterão. Devemos conservar nossos olhos na atração religiosa da verdade. Devemos manter mente e cérebro abertos para as verdades da Palavra de Deus. Satanás se aproxima quando os homens estão despercebidos. Não devemos nos satisfazer com o fato de a mensagem de advertência ter sido uma vez apresentada. Devemos apresentá-la repetidas vezes. MJ 288 3 Poderíamos começar um curso de leitura tão intensamente interessante que atrairia e influenciaria muitas mentes. Caso minha vida seja poupada para trabalho futuro, com prazer ajudarei a preparar livros para os jovens. MJ 289 1 Há uma obra a ser feita para os jovens, pela qual sua mente será impressionada e moldada pela verdade santificadora de Deus. Meu sincero desejo para os nossos jovens é que encontrem o verdadeiro significado da justificação pela fé e a perfeição de caráter que os prepararão para a vida eterna. Não espero viver muito, e deixo esta mensagem para os jovens, para que o alvo a que se propõem não falhe. MJ 289 2 Aconselho meus irmãos a animar os jovens a conservarem sempre a preciosidade e a graça de Deus grandemente exaltadas. Trabalhem e orem constantemente pelo senso da preciosidade da verdadeira religião. Apresentem a bem-aventurança e o encanto da santidade e da graça de Deus. Tenho sentido um peso a esse respeito, pois sei que é negligenciado. MJ 289 3 Não tenho certeza de que minha vida se prolongue muito, mas sinto que estou aceita pelo Senhor. Ele sabe o quanto tenho sofrido ao testemunhar as baixas normas de vida adotadas pelos chamados cristãos. Tenho sentido ser de grande necessidade que a verdade seja vista em minha vida e que meu testemunho seja dirigido ao povo. Quero que façam tudo o que puderem para que meus escritos sejam colocados nas mãos das pessoas nas terras estrangeiras. MJ 289 4 Digam aos jovens que eles têm muitas vantagens espirituais. Deus quer que façam fervorosos esforços para apresentar a verdade ao povo. Tenho a impressão de que é meu dever especial dizer estas coisas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 547-549. ------------------------Capítulo 94 -- O efeito da ficção MJ 290 1 Muitos jovens dizem: "Não tenho tempo para estudar a lição." Mas o que estão fazendo? Alguns estão usando cada momento para conseguir uns poucos centavos a mais, quando, se esse tempo gasto em trabalho fosse dedicado ao estudo da Bíblia, lhes faria poupar mais do que a quantia ganha por excesso de trabalho, se praticassem suas lições. Poupariam muito dinheiro gasto em ornamentos desnecessários e preservariam o vigor mental para compreender o mistério da piedade. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. MJ 290 2 Mas esses mesmos jovens que professam ser cristãos satisfazem os desejos do coração carnal, ao seguir suas próprias inclinações; e o tempo de graça, dado por Deus, concedido a eles para tornarem-se familiarizados com as preciosas verdades da Bíblia, é dedicado à leitura de histórias fictícias. É difícil vencer esse hábito uma vez que ele é formado; mas isso pode ser feito e deve ser feito por todos aqueles que são candidatos ao mundo celeste. MJ 290 3 A mente que se permite absorver com a leitura de contos é arruinada. A imaginação se torna doentia, o sentimentalismo toma posse da mente, e há uma vaga inquietação, um estranho desejo de alimento mental nocivo, que constantemente desequilibram a mente. Estão hoje em hospícios milhares de pessoas cujas mentes se tornaram desequilibradas pela leitura de novelas, que resultam em castelos no ar e sentimentalismo doentio. -- The Signs of the Times, 10 de Fevereiro de 1881. ------------------------Capítulo 95 -- A música MJ 291 1 A melodia de louvor é a atmosfera do Céu; e, quando o Céu entra em contato com a Terra, há música e cântico -- "ação de graças, e voz de melodia". MJ 291 2 Sobre a Terra recém-criada, que aí estava, linda e sem defeito, sob o sorriso de Deus, "as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. Assim, os corações humanos, em simpatia com o Céu, têm correspondido à bondade de Deus em notas de louvor. Muitos dos fatos da história humana têm sido ligados com cânticos. ... A música é um precioso dom MJ 291 3 A história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos e benefícios da música e do canto. A música é muitas vezes pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos meios mais sedutores de tentação. Mas, corretamente empregada, é um precioso dom de Deus, destinado a elevar os pensamentos a coisas mais altas e nobres, a inspirar e enaltecer a alma. MJ 291 4 Como os filhos de Israel, viajando pelo deserto, alegravam sua caminhada através da música de cânticos sagrados, assim Deus convida Seus filhos hoje a alegrarem sua vida peregrina. Há poucos meios mais eficazes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cânticos. E tais cânticos têm maravilhoso poder. Poder para dominar naturezas rudes e incultas; poder para estimular pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação, e para expulsar a tristeza e maus pressentimentos, que destroem o ânimo e enfraquecem o esforço. MJ 292 1 É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes vêm à pessoa duramente oprimida e pronta a desesperar algumas palavras de Deus -- as de uma estrofe, há muito tempo esquecida, de um hino da infância -- e as tentações perdem seu poder, a vida assume novo significado e novo propósito, e o ânimo e a alegria são transmitidos a outras pessoas. MJ 292 2 Nunca se deve perder de vista o valor do canto como meio de educação. Que haja canto no lar de hinos que sejam suaves e puros, e haverá menos palavras de censura, e mais de animação, esperança e alegria. Haja canto na escola, e os alunos serão atraídos para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros. MJ 292 3 Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração. Na verdade, muitos hinos são orações. Se a criança é ensinada a compreender isso, ela pensará mais no significado das palavras que canta e será mais suscetível à sua influência. MJ 292 4 À medida que nosso Redentor nos dirige para o limiar do Infinito, cheios com a glória de Deus, podemos captar os temas de louvor e ações de graças do coro celestial ao redor do trono; e quando o eco do cântico dos anjos é despertado em nossos lares terrestres, os corações serão atraídos para mais perto dos cantores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota tônica de seu louvor. -- Educação, 161-168. ------------------------Capítulo 96 -- Altos objetivos MJ 293 1 A música era feita para servir a um santo propósito, para elevar os pensamentos para o que é puro, nobre e edificante, e despertar na pessoa a devoção e gratidão a Deus. Que contraste entre o costume antigo e os usos a que a música é hoje muitas vezes dedicada! Quantos empregam esse dom para exaltar o eu, em vez de usá-lo para glorificar a Deus! O amor pela música leva os imprudentes a unir-se com os amantes do mundo nas reuniões de divertimentos, aonde Deus proibiu Seus filhos de irem. Assim, aquilo que é uma grande bênção quando devidamente usado, torna-se um dos meios mais bem-sucedidos pelos quais Satanás desvia a mente do dever e da contemplação das coisas eternas. MJ 293 2 A música faz parte do culto de Deus nas cortes celestiais, e devemos nos esforçar, em nossos hinos de louvor, para nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O treino adequado da voz é um aspecto importante na educação, e não deve ser negligenciado. -- Patriarcas e Profetas, 594. O talento da influência MJ 293 3 Há pessoas que têm um dom especial para cantar, e há ocasiões em que uma mensagem especial é apresentada por alguém cantando sozinho ou por um conjunto. Mas o canto raramente deve ser feito por poucos. O cantar bem é um talento que exerce influência, o qual Deus deseja que todos cultivem e usem para a glória de Seu nome. -- Obreiros Evangélicos, 359. Afinados com os músicos celestes MJ 294 1 Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, músicos celestes acompanham a harmonia e unem-se ao cântico de ações de graças. Aquele que nos concedeu todos os dons que nos habilitam a trabalhar com Deus espera que Seus servos cultivem a voz, para que possam falar e cantar de modo que todos entendam. Não é o cantar forte que é necessário, mas a entonação clara, a pronúncia correta e a dicção distinta. Que todos dediquem tempo para cultivar a voz, de modo que o louvor de Deus seja entoado em tons claros e suaves, não com dissonâncias e estridências que ofendam ao ouvido. A habilidade de cantar é um dom de Deus; seja ela usada para Sua glória. MJ 294 2 Escolha-se um grupo de pessoas para participar no serviço de cântico. E seja o cântico acompanhado por instrumentos musicais habilmente tocados. Não devemos nos opor ao uso de instrumentos musicais em nossa obra. Esta parte do culto deve ser cuidadosamente dirigida; pois é o louvor a Deus em forma de cântico. MJ 294 3 Nem sempre o canto deve ser feito apenas por alguns. Tanto quanto possível, participe dele toda a congregação. -- Obreiros Evangélicos, 357, 358. Glorificado pelo cântico MJ 294 4 Deus é glorificado pelos hinos de louvor vindos de um coração puro e cheio de amor e devoção a Ele. -- Testemunhos Para a Igreja 1:509. ------------------------Capítulo 97 -- Uso errado da música MJ 295 1 Anjos estão observando uma casa distante. Os jovens estão ali reunidos; há som de música vocal e instrumental. Cristãos estão reunidos ali, mas o que se ouve? É um cântico, uma canção leviana, própria para dançar. Veja, os puros anjos recolhem a luz para si, e as trevas envolvem os que estão naquela casa. Os anjos se afastam da cena. Estão tristes. Veja, estão chorando. Vi isso repetidas vezes entre os observadores do sábado, e especialmente em _____. A música tem ocupado as horas que deveriam ser dedicadas à oração. A música é o ídolo que muitos professos cristãos observadores do sábado adoram. Satanás não se opõe à música, uma vez que possa torná-la um canal através do qual tenha acesso à mente dos jovens. Tudo que desvia a mente de Deus, e ocupa o tempo que deveria ser devotado ao Seu serviço, serve aos fins de Satanás. Ele atua através dos meios que exercerão a mais forte influência para manter o maior número de pessoas numa aprazível fascinação, enquanto são paralisadas por seu poder. Quando usada para fins adequados, a música é uma bênção, mas é muitas vezes usada como um dos mais atrativos meios de Satanás para enganar pessoas. Quando mal empregada, leva os não consagrados ao orgulho, à vaidade e à insensatez. Quando toma o lugar da devoção e oração, é uma maldição terrível. Jovens se reúnem para cantar e, embora sejam professos cristãos, freqüentemente desonram a Deus e sua fé através de conversas levianas e do tipo de música que escolhem. A música sacra não está em harmonia com seu gosto. Minha atenção foi dirigida aos claros ensinos da Palavra de Deus, que têm sido passados por alto. No juízo, todas essas palavras da Inspiração condenarão aqueles que não lhes deram ouvidos. -- Testemunhos Para a Igreja 1:506. Força para o bem MJ 296 1 A música pode se tornar uma grande força para o bem; no entanto, não aproveitamos o máximo desse meio de adoração. O canto é feito geralmente por impulso ou para atender a casos especiais, e outras vezes os cantores cantam errado, e a música perde o devido efeito sobre a mente dos presentes. A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Usem como auxílio, se possível, música instrumental, e que a harmonia gloriosa se eleve a Deus, em oferta aceitável. -- Testemunhos Selectos 1:457. MJ 298 1 Por menor que seja o vosso talento, Deus tem para ele um lugar. Esse único talento, usado sabiamente, cumprirá a obra designada. Pela fidelidade nos pequenos deveres, devemos trabalhar no plano da adição, e Deus por nós operará no de multiplicação. Estas minúcias tornar-se-ão então as mais preciosas influências na obra. -- Parábolas de Jesus, pág. 360. ------------------------Capítulo 98 -- Lições de economia MJ 299 1 Muito se poderia dizer aos jovens quanto ao privilégio que têm de ajudar na causa de Deus, aprendendo lições de economia e abnegação. Muitos pensam que podem condescender com este ou aquele desejo e, por assim fazer, habituam-se a gastar totalmente seus rendimentos. Deus quer que procedamos melhor a esse respeito. MJ 299 2 Pecamos contra nós mesmos quando nos satisfazemos com ter bastante para comer, beber e vestir. Deus tem alguma coisa mais elevada diante de nós. Quando estamos dispostos a afastar nossos desejos egoístas, entregando as energias da mente e do coração ao trabalho da causa de Deus, as forças celestiais cooperarão conosco, tornando-nos uma bênção à humanidade. Economia em favor das missões MJ 299 3 Ainda que seja pobre, o jovem que for trabalhador e econômico pode poupar um pouco para a causa de Deus. Quando eu tinha apenas doze anos, sabia o que era economizar. Aprendi, juntamente com minha irmã, um ofício e, se bem que ganhássemos só vinte e cinco centavos por dia, conseguíamos economizar disso alguma coisa para as missões. Pouco a pouco chegamos a economizar trinta dólares. Então, ao ouvirmos a mensagem da breve vinda do Senhor, acompanhada de um pedido de homens e meios, pensamos ser um privilégio entregar a nosso pai aquela quantia, pedindo-lhe que a empregasse em folhetos e pequenos livros para enviar a mensagem aos que se achavam nas trevas. MJ 300 1 É dever de todos quantos têm alguma parte na obra de Deus aprender a economia no uso do tempo e do dinheiro. Os que condescendem com a preguiça mostram que dão pouca importância às gloriosas verdades a nós confiadas. Necessitam educar-se em hábitos de operosidade, e aprender a trabalhar tendo em vista unicamente a glória de Deus. Abnegação MJ 300 2 Os que não têm bom discernimento do uso do tempo e do dinheiro devem se aconselhar com os que têm experiência. Com o dinheiro que obtemos de nosso trabalho, minha irmã e eu nos vestíamos. Costumávamos entregar o dinheiro a nossa mãe, dizendo: "Compre, de modo que, depois de pagar nosso vestuário, sobre alguma coisa para o trabalho missionário." E ela assim fazia, animando desta forma em nós o espírito missionário. MJ 300 3 O dar que é fruto da abnegação é admirável auxílio ao doador. Transmite uma educação que nos habilita mais plenamente a compreender a obra dAquele que andava fazendo o bem, aliviando o sofredor e suprindo as necessidades dos desamparados. O Salvador não vivia para agradar a Si mesmo. Em Sua vida não havia o menor traço de egoísmo. Embora encontrando-Se num mundo por Ele próprio criado, não exigia parte alguma do mesmo como Seu lar. "As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos", disse, "mas o Filho do homem não tem onde descansar." Mateus 8:20. O uso dos talentos MJ 300 4 Se fizermos o melhor uso de nossos talentos, o Espírito de Deus nos guiará continuamente a maior eficiência. Ao homem que negociara fielmente com seus talentos, o Senhor disse: "Muito bem, empregado bom e fiel. Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!" Mateus 25:21. Do que tinha apenas um talento, esperava-se que também fizesse o máximo ao seu alcance. Se tivesse negociado com os bens de seu Senhor, Ele lhe teria multiplicado o talento. MJ 301 1 A todo homem tem Deus dado sua obra, "de acordo com a capacidade de cada um". Mateus 25:15. Ele conhece a medida de nossa capacidade e sabe exatamente o que deve pôr sobre nós. Acerca do que é achado fiel, é dada a ordem: Confiem-lhe maior responsabilidade. Se ele se demonstrar fiel a esse depósito, a ordem novamente é: Confiem-lhe ainda mais. Assim, mediante a graça de Cristo, ele cresce até à medida completa de um homem em Cristo Jesus. MJ 301 2 Vocês têm um talento apenas? Dêem-no aos banqueiros, aumentando-o para dois, mediante o sábio uso. Façam com todas as forças o que lhes vem às mãos para fazer. Usem tão sabiamente o seu talento, que este cumpra a missão a ele designada. Vale a pena fazer tudo para ouvir afinal as palavras a vocês dirigidas: "Muito bem." Mateus 25:21. Mas unicamente aos que fizeram bem, será dito enfim: "Muito bem." Não há tempo a perder MJ 301 3 Rapazes e moças, vocês não têm tempo a perder. Busquem diligentemente pôr sólidas vigas na construção de seu caráter. Rogamo-lhes, por amor de Cristo, que sejam fiéis. Busquem aproveitar o tempo. Consagrem-se cada dia ao serviço de Deus, e verificarão não necessitar de muitos feriados para passar em ociosidade, nem muito dinheiro para gastar na satisfação do próprio eu. O Céu está observando os que desejam progredir e ser moldados à semelhança de Cristo. Quando o instrumento humano se submete a Cristo, o Espírito Santo realizará uma grande obra por ele. MJ 302 1 Todo leal e abnegado obreiro de Deus está disposto a gastar e ser gasto por amor aos outros. Cristo diz: "Quem ama a sua vida não terá a vida verdadeira; mas quem não se apega à sua vida, neste mundo, ganhará para sempre a vida verdadeira." João 12:25. Através de diligentes e atenciosos esforços para ajudar onde há necessidade de auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor a Deus e aos semelhantes. Poderá perder a vida no serviço; mas, quando Cristo vier para recolher as Suas jóias, há de encontrá-la outra vez. -- The Youth's Instructor, 10 de Setembro de 1907. A recompensa do sacrifício MJ 302 2 Os meios usados para abençoar a outros trarão recompensa. Riquezas bem empregadas realizarão muito bem. Pessoas serão ganhas para Cristo. Aqueles que seguem o plano de vida de Cristo verão nas cortes de Deus aqueles pelos quais trabalharam e se sacrificaram na Terra. Os redimidos com coração grato se lembrarão daqueles que serviram de instrumento em sua salvação. O Céu será precioso para os que foram fiéis na obra de salvação de almas. -- Parábolas de Jesus, 373. ------------------------Capítulo 99 -- Espírito de sacrifício MJ 303 1 É comum no mundo o espírito de cobiça, de procurar a posição mais elevada e o maior ganho. O antigo espírito de abnegação e sacrifício é bem raramente encontrado. Mas esse é o único espírito que pode atuar no verdadeiro seguidor de Jesus. Nosso divino Mestre deu-nos o exemplo de como devemos trabalhar. E àqueles a quem Ele ordenou: "Venham comigo, que Eu ensinarei vocês a pescar gente" (Mateus 4:19), não ofereceu uma quantia estipulada como recompensa por seus serviços. Deviam partilhar com Ele a abnegação e o sacrifício. MJ 303 2 Os que professam ser seguidores do Obreiro-Mestre, e se empregam em Seu serviço como colaboradores de Deus, devem trazer para sua obra a exatidão e habilidade, o tato e a sabedoria que o Deus de perfeição exigiu no santuário terrestre. E agora, como naquele tempo e como nos dias do ministério terrestre de Cristo, a devoção a Deus e um espírito de sacrifício devem ser considerados como os primeiros requisitos de serviço aceitável. É desígnio do Senhor que nenhum traço de egoísmo seja entrelaçado em Sua obra. -- The Review and Herald, 4 de Janeiro de 1906. Sinais da graça no coração MJ 303 3 A humildade, a abnegação, a beneficência e a entrega fiel do dízimo, mostram que a graça de Deus está agindo no coração. -- Conselhos Sobre Saúde, 590. ------------------------Capítulo 100 -- O dízimo MJ 304 1 A grande obra que Jesus anunciou que viera fazer foi confiada a Seus seguidores na Terra. Cristo, como nossa cabeça, serve de guia na grande obra de salvação, e pede-nos que Lhe sigamos o exemplo. Deu-nos uma mensagem mundial. Essa verdade deve estender-se a todas as nações, línguas e povos. O poder de Satanás deve ser contestado, e ele vencido por Cristo e também por Seus seguidores. Ampla guerra deve ser mantida contra os poderes das trevas. E a fim de fazer essa obra com êxito, são necessários meios. Deus não Se propõe a mandar recursos diretamente do Céu, mas põe nas mãos de Seus seguidores os meios para serem usados para o fim definido de manter esta luta. MJ 304 2 Ele deu a Seu povo um plano para levantamento de fundos suficientes para esse empreendimento se manter por si mesmo. O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e eqüidade. Todos podem valer-se dele com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade, e não exige muito conhecimento para compreendê-lo e executá-lo. Todos podem sentir que lhes é possível colaborar com a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem pode se tornar tesoureiro do Senhor, e ser um agente em atender às exigências sobre o tesouro. Diz o apóstolo: "Cada um de vocês separe e guarde algum dinheiro, de acordo com o que cada um ganhou." 1 Coríntios 16:2. MJ 305 1 Grandes objetivos são conseguidos com este sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de anunciar a última mensagem de advertência ao mundo. O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. A cada depósito feito, se tornarão mais ligados à causa da verdade presente. Eles estarão juntando "para si mesmos um tesouro que será uma base firme para o futuro. E assim conseguirão receber a vida, a verdadeira vida". 1 Timóteo 6:19. -- Testemunhos Selectos 1:367, 368. Propriedade de Deus MJ 305 2 A consagração a Deus de um décimo de toda a renda, quer fosse dos pomares, campos ou rebanhos, do trabalho intelectual ou manual, bem como a dedicação de um segundo dízimo para auxílio aos pobres e outros fins de caridade, tinha como objetivo conservar vívida diante do povo a verdade de que Deus é o possuidor de todas as coisas, e as oportunidades deles como portadores de Suas bênçãos. Era um ensino adaptado a eliminar toda a estreiteza egoísta, e cultivar largueza e nobreza de caráter. -- Educação, 44. Pertence a Deus MJ 305 3 "A décima parte... pertence a Deus, o Senhor." Levítico 27:30. É empregada aqui a mesma forma de expressão que se encontra na lei do sábado. "O sétimo dia da semana é o dia de descanso, dedicado a Mim, o Senhor, seu Deus." Êxodo 20:10. Deus reservou para Si uma porção especificada do tempo do ser humano e de seus meios, e ninguém poderia inocentemente apropriar-se de qualquer dessas coisas para seus próprios interesses. -- Patriarcas e Profetas, 525, 526. ------------------------Capítulo 101 -- A Deus o melhor MJ 306 1 "Quanto é que você está devendo para o meu patrão?" Lucas 16:5. Será que vamos receber todas as bênçãos da mão de Deus sem retribuir, até mesmo o dízimo, a porção que Ele reservou para Si mesmo? Tem se tornado um costume desviar tudo da verdadeira linha da abnegação do próprio eu para o caminho da satisfação própria. Mas será correto recebermos continuamente Seus favores com indiferença, sem Lhe corresponder ao amor? MJ 306 2 Vocês não desejam, queridos jovens, tornar-se missionários de Deus? Não querem aprender, como nunca antes, a lição de fazer donativos ao Senhor mediante o depositar-Lhe no tesouro parte daquilo que Ele lhes ofertou abundantemente, para disso desfrutarem? De tudo quanto receberam, seja uma porção devolvida ao Doador como oferta de gratidão. Uma parte deve ser também colocada no tesouro para a obra missionária, tanto local como no estrangeiro. Tesouros do céu MJ 306 3 A causa de Deus deve estar em nosso coração. A luz da verdade que se tem demonstrado uma bênção para uma família, se comunicada pelos pais e os filhos, se revelará bênção igualmente grande a outras famílias também. Mas quando as generosidades de Deus, tão rica e abundantemente concedidas, são dEle retidas, sendo empregadas de forma egoísta, a maldição de Deus será seguramente experimentada, em vez de Sua bênção; pois assim declarou o Senhor. As exigências divinas devem ter prioridade sobre quaisquer outras e ser satisfeitas primeiro. Depois devem ser atendidos os pobres e necessitados. Estes não devem ser negligenciados, seja qual for o custo ou sacrifício para nós mesmos. MJ 307 1 "Para que haja bastante comida na Minha casa." Malaquias 3:10. Cumpre-nos ser temperantes em todas as coisas -- no comer, no beber e no vestir. Nossas construções e o mobiliário de nossa casa devem ser atentamente considerados, no sincero desejo de devolver a Deus o que Lhe pertence, não somente nos dízimos, mas tanto quanto possível também em dádivas e ofertas. Muitos, muitos poderiam estar depositando para si tesouros no Céu por manterem os celeiros do Senhor abastecidos com a porção que Ele requer como Sua, e com ofertas e dádivas. MJ 307 2 Os que estão perguntando sinceramente o que Deus deles exige quanto à propriedade que julgam ser sua, devem pesquisar as Escrituras do Antigo Testamento e ver o que é que Cristo, o Guia invisível de Israel em sua longa viagem pelo deserto, instruiu Seu povo a fazer nesse sentido. Devemos, como indivíduos, preferir ver-nos em quaisquer dificuldades, enfrentar quaisquer precárias condições; de preferência a roubar a Deus na parte que deve entrar para Sua casa. Os que são leitores da Bíblia e que crêem nela terão um inteligente conhecimento daquilo "que diz o Senhor" a esse respeito. Miquéias 6:1. Sem desculpa MJ 307 3 Naquele dia em que todo homem for julgado segundo os atos praticados nesta vida, toda desculpa que o egoísmo agora apresenta para reter o dízimo, as dádivas e ofertas do Senhor, se derreterá como orvalho diante do sol. Se não fosse tarde demais, quão alegres muitos se sentiriam de voltar atrás e reedificar seu caráter! Mas será demasiado tarde então para mudar o registro dos que, semanal, mensal e anualmente têm roubado a Deus. Seu destino estará determinado, inalteravelmente determinado. MJ 308 1 O egoísmo é uma doença mal de mortal. O amor a si mesmo e a descuidosa indiferença em relação às específicas declarações do acordo entre Deus e o homem, a recusa em agir como fiéis mordomos Seus, têm trazido sobre eles Sua maldição, exatamente como Ele declarou que haveria de acontecer. Essas pessoas se têm separado de Deus; por preceito e exemplo, têm levado outros a desprezar os evidentes mandamentos do Senhor, e Ele não lhes pode conceder a bênção. O dízimo MJ 308 2 O Senhor especificou: A décima parte de todas as suas posses é Minha; suas dádivas e ofertas devem ser trazidas ao tesouro, a fim de serem empregadas para o desenvolvimento de Minha causa, para enviar o pregador vivo a abrir as Escrituras aos que se assentam nas trevas. MJ 308 3 Correrá então alguém o risco de reter de Deus o que Lhe pertence, fazendo como fez o mordomo infiel que escondeu o dinheiro de seu Senhor na terra? Vamos nós, como fez esse homem, tentar justificar nossa infidelidade queixando-nos de Deus, dizendo: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro"? Mateus 25:24, 25. Não seria muito melhor oferecer a Deus nossas ofertas de gratidão? -- The Youth's Instructor, 26 de Agosto de 1897. ------------------------Capítulo 102 -- Responsabilidade individual MJ 309 1 Nosso Pai celeste requer nada mais nem menos do que o que nos deu capacidade para executar. Não sobrecarrega Seus servos com fardos que não podem suportar. "Pois Ele sabe como somos feitos; lembra que somos pó." Salmos 103:14. Tudo que requer de nós, podemos entregar-Lhe pela graça divina. MJ 309 2 "Daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido." Lucas 12:48. Seremos considerados individualmente responsáveis por fazer uma fração a menos do que somos capazes. O Senhor mede com exatidão toda possibilidade para o serviço. A capacidade não utilizada será levada em conta, tanto quanto a que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que poderíamos ter feito, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus. Mesmo que não percamos a salvação, reconheceremos na eternidade a conseqüência de não usarmos nossos talentos. Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados que poderíamos ter ganho. MJ 309 3 Mas se nos entregarmos completamente a Deus e seguirmos Sua direção em nosso trabalho, Ele mesmo Se responsabilizará pelo cumprimento. Não quer que nos entreguemos a suposições sobre o sucesso de nossos esforços honestos. Nem uma vez devemos pensar em fracasso. Devemos cooperar com Aquele que não conhece fracasso. MJ 309 4 Não devemos falar de nossa fraqueza e incapacidade. Com isso manifestamos desconfiança para com Deus e negamos Sua Palavra. Ao murmurarmos por causa de nossas cargas, ou recusarmos assumir as responsabilidades de que nos encarregou, estamos praticamente dizendo que Ele é um Senhor severo e que requer o que não nos deu força para executar. -- Parábolas de Jesus, 362, 363. Valor do dinheiro MJ 310 1 O dinheiro não nos foi dado para honrarmos e glorificarmos a nós mesmos. Como mordomos fiéis devemos usá-lo para a honra e glória de Deus. Alguns pensam que apenas parte de seus recursos é do Senhor. Ao porem de parte uma porção para fins religiosos e caritativos, consideram o restante como sua propriedade, que podem usar como julgam conveniente. Erram nisso, porém. Tudo quanto possuímos é do Senhor, e Lhe somos responsáveis pelo uso que fazemos. No uso de cada centavo deve ser visto se amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. MJ 310 2 O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto, água para o sedento, vestido para o nu. É proteção para o opresso, e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover as necessidades da vida, para bênção de outros, e para o desenvolvimento da obra de Cristo. -- Parábolas de Jesus, 351. ------------------------Capítulo 103 -- Os presentes das festas MJ 311 1 Aproxima-se a ocasião das festas. Devemos considerar quanto dinheiro é gasto anualmente em presentear os que não necessitam. Os usos e costumes são tão fortes que, deixar de fazer essas dádivas aos nossos amigos nessas ocasiões, nos pareceria quase uma negligência para com eles. Lembremo-nos, porém, de que nosso bondoso Benfeitor celestial tem sobre nós direitos muito superiores aos de quaisquer amigos terrestres. Não haveremos nós, durante as próximas festas, de apresentar nossas ofertas a Deus? Mesmo as crianças podem partilhar dessa obra. Roupas e outros artigos úteis podem ser oferecidos aos pobres necessitados, fazendo-se assim um serviço para o Mestre. Males da condescendência MJ 311 2 Lembremo-nos de que o Natal é celebrado em comemoração do nascimento do Redentor do mundo. Esse dia é geralmente gasto em festas e glutonaria. Grandes somas de dinheiro são gastas em desnecessárias condescendências pessoais. O apetite e os prazeres são satisfeitos à custa da força física, mental e moral. Todavia, isso se tornou um hábito. O orgulho, a moda e a satisfação do paladar têm consumido imensas quantias que, em verdade, não beneficiam a ninguém, mas incentivam o esbanjamento de recursos, que é desagradável a Deus. Esses dias são passados mais em glorificar ao próprio eu do que ao Senhor. A saúde tem sido sacrificada, o dinheiro, pior do que se fosse jogado fora; muitos têm perdido a vida por causa do excesso de comidas ou o desmoralizador desregramento, e vidas se têm assim perdido. MJ 312 1 Deus seria glorificado por Seus filhos caso tivessem prazer num regime simples e modesto, empregando os meios a eles confiados em levar para Seu tesouro ofertas, pequenas e grandes, a fim de serem usadas em mandar a luz da verdade a pessoas que se encontram nas trevas do erro. Ao coração das viúvas e dos órfãos pode ser levada a alegria com as dádivas que lhes acrescentarão algum conforto, saciando-lhes a fome. Dádivas a Deus MJ 312 2 Que todos quantos professam crer na verdade presente calculem quanto gastam anualmente, e em especial por ocasião dos feriados anuais, para satisfação do egoísmo e dos desejos profanos, quanto na condescendência com o apetite, e quanto para competir com outros numa ostentação não-cristã. Somem os meios assim desnecessariamente gastos, e avaliem então quanto poderia ser economizado como donativos consagrados à causa de Deus, sem prejuízo para a mente ou o corpo. MJ 312 3 Os centavos bem como os mais liberais donativos podem ser oferecidos, segundo as posses do doador, para ajudar a quitar débitos de igrejas que foram consagradas a Deus. Há ainda missionários para serem enviados a novos campos, e outros para se manterem nos respectivos campos de trabalho. Esses missionários têm de exercer a mais estrita economia, negando a si mesmos coisas que desfrutam diariamente e consideram necessárias à vida. Poucos são os luxos que desfrutam. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1878. ------------------------Capítulo 104 -- Economia no vestuário MJ 313 1 O povo de Deus deve ser estritamente econômico no uso de seus recursos, de modo a ter alguma coisa a levar-Lhe, dizendo: "pois tudo vem de Ti, e nós somente devolvemos o que já era Teu." 1 Crônicas 29:14. Assim devem dar a Deus ações de graças pelas bênçãos dEle recebidas. Assim devem também entesourar para si junto ao trono de Deus. MJ 313 2 Os mundanos gastam no vestuário grandes somas que deveriam ser empregadas para alimentar e vestir os que passam fome e frio. Muitos daqueles por quem Cristo deu a vida, mal têm roupa suficiente, da mais simples e comum, ao passo que outros gastam quantias absurdas no esforço de satisfazer as intermináveis exigências da moda. MJ 313 3 O Senhor ordenou a Seu povo sair do mundo e ser separado. Roupas vistosas e caras não caem bem aos que acreditam estarmos vivendo nos últimos dias da graça. "Quero que em todos os lugares os homens orem", diz o apóstolo Paulo, "e que, ao orarem, levantem as mãos, sem ódio e sem brigas. Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!" 1 Timóteo 2:8-10. MJ 313 4 Mesmo entre os que professam ser filhos de Deus, há quem gaste mais dinheiro do que é necessário em roupas. Devemos vestir-nos com correção e bom gosto; mas, minhas irmãs, quando comprarem ou fizerem suas roupas e de seus filhos, pensem no trabalho ainda por fazer na obra do Senhor. É justo comprar tecido bom e confeccionar cuidadosamente a roupa. Isso é economia. Mas ricos enfeites não são necessários, e condescender quanto a isso é gastar para satisfação egoísta o dinheiro que deveria ser empregado na causa do Senhor. MJ 314 1 Não é sua roupa que lhe dá valor aos olhos de Deus. É o adorno interior, as graças do Espírito, a palavra bondosa, a atenciosa consideração para com os outros, o que Ele aprecia. Dispensem os enfeites desnecessários, e coloquem de parte para o progresso da causa de Deus os meios assim poupados. Agradável a Deus MJ 314 2 Aprendam a lição da renúncia, e a ensinem aos seus filhos. Tudo quanto pode ser poupado pela abnegação, é agora útil na obra a ser feita. Os sofredores devem ser aliviados, vestidos os nus, alimentados os famintos; a verdade para este tempo deve ser comunicada aos que a ignoram. ... MJ 314 3 Somos testemunhas de Cristo e não devemos permitir que interesses mundanos ocupem de tal forma nosso tempo e atenção, que não demos atenção às coisas que Deus disse devem vir em primeiro lugar. Há em jogo mais altos interesses. "Ponham em primeiro lugar na sua vida o reino de Deus e aquilo que Deus quer." Mateus 6:33. Cristo deu tudo à obra que veio realizar, e Sua palavra para nós, é: "Se alguém quer ser Meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe." Marcos 8:34. "Assim mostram que são Meus discípulos." João 15:8. Voluntária e alegremente Se deu Cristo para o cumprimento da vontade de Deus. Foi obediente até a morte, e morte de cruz. Acharemos difícil negar a nós mesmos? Recuaremos ante a participação nos Seus sofrimentos? Sua morte deve fazer vibrar cada fibra do ser, fazendo-nos prontos a consagrar à Sua obra tudo quanto temos e somos. Ao pensar no que Ele tem feito por nós, nosso coração se deve encher de amor. MJ 315 1 Quando os que conhecem a verdade praticarem a abnegação ordenada na Palavra de Deus, a mensagem irá avante com poder. O Senhor ouvirá nossas orações pela conversão de almas. O povo de Deus deixará sua luz brilhar, e os incrédulos, vendo suas obras, glorificarão nosso Pai celestial. -- The Review and Herald, 1 de Dezembro de 1910. O amor à exibição MJ 315 2 O amor à exibição produz a extravagância, e em muitos jovens mata a aspiração para uma vida mais nobre. Em vez de procurar educação, cedo demais se empenham nalguma ocupação a fim de ganhar dinheiro para satisfazer à paixão do vestir. E por meio desta paixão muita jovem é seduzida à ruína. -- Educação, 247. Simplicidade MJ 315 3 Simplicidade e singeleza devem assinalar as residências e o vestuário de todos os que crêem nas solenes verdades para este tempo. Todos os meios desnecessariamente gastos em vestuário ou no adorno de nossa casa são um desperdício do dinheiro do Senhor. É prejudicar a causa de Deus para satisfazer ao orgulho. -- Testemunhos Para a Igreja 5:189. ------------------------Capítulo 105 -- Satisfação do eu MJ 316 1 Quando visito a residência de nosso povo e nossas escolas, vejo que todo espaço em cima de mesas, prateleiras, porta-bibelôs, etc., se encontra cheio de fotografias. À direita e à esquerda, vêem-se fisionomias humanas. Deus deseja que se mude esta ordem de coisas. Estivesse Cristo na Terra, e diria: "Tirem tudo isto daqui!" João 2:16. Fui instruída de que essas fotografias são como muitos ídolos, tomando o tempo e o pensamento que deviam ser sagradamente devotados a Deus. MJ 316 2 Esses retratos custam dinheiro. É coerente de nossa parte, sabendo a obra que deve ser feita neste tempo, gastar o dinheiro do Senhor em fotografias do próprio rosto e do de nossos amigos? Não deveria cada quantia que podemos poupar ser empregada na edificação da causa de Deus? Esses retratos tomam dinheiro que devia ser sagradamente dedicado ao serviço do Senhor; e distraem a mente das verdades de Sua Palavra. Uma espécie de idolatria MJ 316 3 Esse tirar e trocar retratos é uma espécie de idolatria. Satanás está fazendo quanto pode para encobrir o Céu de nosso olhar. Não cooperemos com ele, fazendo retratos-ídolos. Precisamos atingir mais elevada norma que a que nos sugerem essas fisionomias humanas. O Senhor diz: "Não adore outros deuses; adore somente a Mim." Êxodo 20:3. Os que pretendem crer em Cristo necessitam compreender que lhes cumpre refletir-Lhe a imagem. É Sua imagem que deve ser mantida diante da mente. As palavras proferidas devem ser plenas de celeste inspiração. ... As primeiras coisas em primeiro lugar MJ 317 1 Os que tomaram parte no solene rito do batismo, comprometeram-se a buscar as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus; comprometeram-se a trabalhar zelosamente pela salvação dos pecadores. Deus pergunta aos que Lhe tomam o nome: Como vocês estão usando as faculdades resgatadas pela morte de Meu Filho? Estão fazendo tudo ao seu alcance para se erguer a mais elevado nível no entendimento espiritual? Estão colocando seus interesses e ações em harmonia com as graves exigências da eternidade? MJ 317 2 Que haja uma reforma entre o povo de Deus. "Quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Aqueles sobre quem o Senhor colocou a responsabilidade de Sua obra estão lutando para proclamar a mensagem, a fim de que pessoas a perecer na ignorância sejam advertidas. Vocês não podem, por meio de abnegação, fazer alguma coisa para ajudá-los em sua obra? Levantem-se e mostrem, através de desinteressado zelo e sinceridade, que são convertidos. MJ 317 3 Todos os recursos são exigidos na obra de salvar almas. O dinheiro empregado pelo professo povo de Deus em obter retratos de rostos humanos sustentaria vários missionários no campo. Muitas correntes pequenas, quando reunidas, avolumam-se em um grande rio. Apropriamo-nos dos bens do Senhor quando empregamos em prazer egoísta os meios que deviam ser usados para proclamar a última mensagem de advertência. Se gastam o dinheiro do Senhor na satisfação do próprio eu, como podem esperar que Ele continue a lhes conceder Seus bens? Como o Senhor considerará os que empregam de forma egoísta seus recursos em fotografias? Aquele mesmo dinheiro poderia haver sido empregado em comprar literatura para enviar aos que se encontram nas trevas da ignorância. MJ 318 1 A verdade a nós dada por Deus deve ser anunciada ao mundo. Foi-nos confiado o privilégio de fazer esta obra. Cumpre-nos lançar sobre todas as águas a semente da verdade. O Senhor nos roga que exerçamos abnegação e sacrifício. O evangelho exige inteira consagração. As necessidades da causa requerem tudo quanto lhes possamos dar. Nossa condescendência no que respeita às fotografias, tem sido uma satisfação egoísta de nossa parte, sendo um silencioso testemunho contra nós. Por esta tolerância, grande quantidade de madeira, feno e palha tem sido introduzida no fundamento, para ser consumida pelo fogo do último dia. O dever da abnegação MJ 318 2 Depois de ir de casa em casa e ver as muitas fotografias, fui instruída a advertir nosso povo quanto a esse mal. MJ 318 3 Nisto muito podemos fazer por Deus. Podemos pôr fora de vistas esses retratos-ídolos. Não possuem nenhuma eficácia, mas se interpõem entre Deus e a pessoa. Nada podem fazer para ajudar a semear a verdade. Cristo roga aos que professam segui-Lo que se revistam de toda a armadura de Deus. MJ 318 4 Nossas instituições educativas precisam sentir o poder reformador do Espírito de Deus. "Se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam." Mateus 5:13. Os que estão empregados como professores em nossas escolas e hospitais devem atingir uma elevada norma de consagração. E os alunos dessas instituições, que se estão habilitando para ir como missionários, devem aprender a praticar a renúncia. MJ 319 1 Somos mordomos de Deus, e "o que se exige de quem tem essa responsabilidade é que seja fiel ao Senhor". 1 Coríntios 4:2. O dinheiro a nós confiado pelo Senhor, deve ser cuidadosamente economizado. Devemos crescer em eficiência, dando o melhor emprego aos talentos que nos foram dados, para que, na vinda do Senhor, possamos devolver o que é Seu com juros. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1907. Freqüentes fotografias MJ 319 2 Os jovens têm o coração cheio de amor a si mesmos. Isso se manifesta em seu desejo de ver o próprio rosto reproduzido pelo artista; e não ficam satisfeitos com ser uma vez fotografados, mas pousam repetidamente para retratar-se, esperando que o último retrato exceda a todos os esforços anteriores, aparecendo na verdade mais bonito que o original. O dinheiro de seu Senhor é assim esbanjado, e que se lucra com isso? -- Testemunhos Para a Igreja 1:500. ------------------------Capítulo 106 -- Economia e abnegação MJ 320 1 Muitos desprezam a economia, confundindo-a com a avareza e a mesquinhez. A economia, porém, harmoniza-se com a mais ampla liberalidade. Verdadeiramente, sem economia não pode existir real liberalidade. É preciso que poupemos, a fim de podermos dar. MJ 320 2 Ninguém pode exercitar verdadeira bondade sem abnegação. Unicamente por uma vida de simplicidade, de renúncia e estrita economia, nos é possível realizar a obra a nós designada como representantes de Cristo. O orgulho e a ambição mundanos precisam ser expulsos de nosso coração. Em toda a nossa obra, o princípio do desinteresse pessoal revelado na vida de Cristo tem de ser desenvolvido. Nas paredes de nossa casa, nos quadros, na mobília, devemos ler: "Recolha em casa os pobres desterrados". Em nosso guarda-roupa, cumpre-nos ler: "Vista o nu." Na sala de jantar, na mesa coberta de abundante alimento, devemos ver traçado: "Reparta o pão com o faminto". Isaías 58:7. Portas abertas MJ 320 3 Mil portas de utilidade se acham abertas perante nós. Lamentamos muitas vezes os escassos recursos disponíveis, mas, se os cristãos vivessem com inteiro fervor, poderiam multiplicar os recursos mil vezes. É o egoísmo, a condescendência com o próprio eu, que bloqueiam o caminho a nossa utilidade. MJ 320 4 Quantos recursos são gastos com artigos que são meros ídolos, coisas que ocupam pensamentos, tempo e energias que deviam ser empregados para fins mais elevados! Quanto dinheiro é gasto em casas e móveis caros, em prazeres egoístas, comidas luxuosas e nocivas, em prejudiciais condescendências com o próprio eu! Quanto é esbanjado em dádivas que não beneficiam a ninguém! Em coisas desnecessárias, muitas vezes nocivas, professos cristãos estão hoje em dia despendendo mais, muitas vezes mais, do que empregam em salvar pessoas do pecado. MJ 321 1 Muitos dos que professam ser cristãos gastam tanto no vestuário que nada têm para dar a fim de suprir as necessidades dos outros. Pensam que precisam ter ornamentos custosos e roupas caras, a despeito das necessidades dos que só com dificuldade podem conseguir o mais simples vestuário. Poupando os fragmentos MJ 321 2 Minhas irmãs, se harmonizassem sua maneira de vestir com as regras dadas na Bíblia, teriam abundância para auxiliar suas irmãs mais pobres. Não teriam apenas recursos, mas tempo. Muitas vezes é isso o mais importante. Há muitos a quem poderiam ajudar com as suas sugestões, seu tato e habilidades. Mostrem-lhes como podem vestir-se com simplicidade e ainda com bom gosto. Muitas mulheres permanecem fora da casa de Deus por causa de seus miseráveis, mal arranjados trajes se acharem em tão assinalado contraste com o vestuário das outras. Muitas pessoas sensíveis nutrem um sentimento de amarga humilhação e injustiça devido a esse contraste. E por causa disso muitos são levados a duvidar da realidade da religião e a endurecer o coração contra o evangelho. MJ 321 3 Cristo nos manda: "Recolham os pedaços que sobraram a fim de que nada se perca." Mateus 5:13. Enquanto milhares morrem diariamente de fome, derramamento de sangue, incêndio e epidemia, convém a todo aquele que ama a seu semelhante cuidar para que nada se perca, que não seja desnecessariamente gasta coisa alguma que possa vir a beneficiar uma criatura humana. MJ 322 1 É pecado desperdiçar nosso tempo; é pecado desperdiçar nossos pensamentos. Perdemos todo momento que dedicamos ao egoísmo. Se cada momento fosse corretamente avaliado e empregado do modo adequado, teríamos tempo para tudo que necessitamos fazer para nós mesmos ou para o mundo. No emprego do dinheiro, no uso do tempo, das energias, das oportunidades, que cada cristão volte-se para Deus em busca de guia. "Se alguém tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, e Ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos." Tiago 1:5. -- A Ciência do Bom Viver, 206-208. Guia para a economia MJ 322 2 Não é necessário especificar aqui a maneira de exercer economia em todos os particulares. Aqueles cujo coração está inteiramente entregue a Deus, e que tomam Sua Palavra por guia, saberão como devem conduzir-se em todos os deveres da vida. Aprenderão de Jesus, que é manso e humilde de coração; e, cultivando a mansidão de Cristo, fecharão a porta contra inúmeras tentações. -- Fundamentos da Educação Cristã, 152. MJ 324 1 A restauração e erguimento da humanidade começam no lar. A obra dos pais é a base de toda outra obra. A sociedade compõe-se de famílias, e é o que a façam os chefes de família. Do coração "procedem as saídas da vida" (Prov. 4:23), e o coração da sociedade, da igreja e da nação, é o lar. A felicidade da sociedade, o êxito da igreja, a prosperidade da nação, dependem das influências domésticas. -- A Ciência do Bom Viver, pág. 349. ------------------------Capítulo 107 -- Uma casa cristã MJ 325 1 Semelhante aos patriarcas da antiguidade, os que professam amar a Deus devem construir um altar ao Senhor onde quer que armem sua tenda. Se houve um tempo em que cada casa deve ser uma casa de oração, é hoje. Pais e mães devem muitas vezes erguer o coração a Deus em humilde súplica por si e por seus filhos. Que o pai, como o sacerdote da casa, deponha sobre o altar de Deus o sacrifício da manhã e da tarde, enquanto a esposa e filhos se unem em oração e louvor. Em uma casa como essa, Jesus gostará de demorar-Se. MJ 325 2 De todo lar cristão deve resplandecer uma santa luz. O amor deve revelar-se nas ações. Deve fluir de toda a relação doméstica, mostrando-se em uma bondade meditada, em uma cortesia gentil, abnegada. Há lares em que esse princípio é praticado, lares em que Deus é adorado, e em que reina o mais verdadeiro amor. Desses lares as orações matutinas e vespertinas sobem a Deus como incenso suave, e Suas misericórdias e bênçãos descem sobre os suplicantes como o orvalho da manhã. MJ 325 3 Uma casa cristã bem ordenada é um poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã -- argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver que há na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de Abraão está com eles. -- Patriarcas e Profetas, 144. ------------------------Capítulo 108 -- Fidelidade nos deveres domésticos MJ 326 1 O mais alto dever que pesa sobre os jovens é o que lhes fica no próprio lar, sendo uma bênção ao pai e à mãe, aos irmãos e irmãs, mediante afeição e verdadeiro interesse. Aí podem eles manifestar abnegação e desprendimento de si mesmos no cuidado e serviço por outros. Jamais será a mulher rebaixada por esta obra. É o mais sagrado e elevado cargo que ela pode preencher. Que influência pode uma irmã exercer sobre os irmãos! Se ela for correta, poderá determinar o caráter deles! Suas orações, sua gentileza e afeição podem efetuar muito no ambiente da família. MJ 326 2 Minha irmã, essas nobres qualidades nunca poderão ser comunicadas a outras pessoas a menos que existam primeiro em você. Aquele contentamento de espírito, aquela disposição de ânimo, gentileza e temperamento radiante que cativarão todos os corações, refletirão sobre seu coração aquilo que dispensa aos outros. Se Cristo não reina no coração, haverá descontentamento e deformidade moral. O egoísmo reclamará dos outros aquilo que não estamos dispostos a dar-lhes. ... MJ 326 3 Não é apenas uma grande obra e grandes batalhas que provam a alma e requerem coragem. A vida diária traz suas dificuldades, provações e desânimos. É o trabalho humilde que com freqüência estimula a paciência e a constância. São necessárias confiança em si mesmo e determinação para enfrentar e vencer as dificuldades. Assegure-se de que o Senhor esteja com você para, em toda situação, ser seu consolo e conforto. -- Testemunhos Selectos 1:298, 299. ------------------------Capítulo 109 -- Religião no lar MJ 327 1 É grandemente necessária a religião no lar e nossas palavras aí devem ser de um justo caráter ou nossos testemunhos na igreja de nada valerão. A menos que vocês manifestem mansidão, bondade e cortesia no lar, sua religião será vã. Se houvesse mais genuína religião doméstica, haveria mais poder na igreja. Palavras rudes MJ 327 2 Que dano é produzido no círculo familiar por se proferirem palavras impacientes! Pois as frases assim ditas por um, levam outro a retribuir no mesmo espírito e maneira. Sobrevêm então palavras de desforra, de justificação própria, e é por tais palavras que um pesado e mortificante jugo é colocado sobre o seu pescoço; pois todas essas palavras amargas volverão em funesta colheita. MJ 327 3 Os que condescendem com tal linguagem experimentarão vergonha, perda do respeito próprio e da confiança em si, e terão amargo remorso e desgosto por se haverem permitido perder o domínio e falar dessa maneira. Quão melhor seria se nunca se proferissem palavras dessa natureza! Quanto melhor havia de ser o possuir o óleo da graça no coração, ser capaz de passar por toda provocação e suportar todas as coisas com mansidão e paciência cristãs. MJ 327 4 Se cumprirem as condições das promessas divinas, elas se cumprirão em vocês. Se sua mente estiver firme em Deus, não passarão de um estado de êxtase ao vale do acabrunhamento quando a prova e a tentação lhes sobrevierem. Não falarão a outros de dúvidas e sombras. MJ 328 1 Satanás não pode ler os nossos pensamentos, mas pode ver os nossos atos, ouvir-nos as palavras; e por meio do seu longo conhecimento da família humana, pode adaptar suas tentações para tirar vantagem de nossos pontos fracos de caráter. E quão freqüentemente lhe revelamos o segredo de como poderá obter vitória sobre nós! Oh! como deveríamos dominar nossas palavras e ações! Quão fortes poderíamos tornar-nos se nossas palavras fossem tais que não nos envergonhássemos de enfrentar o seu registro no dia do juízo! Quão diferentes aparecerão elas no dia de Deus do que agora aparentam ao serem pronunciadas! -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1913. O lar, uma lição objetiva MJ 328 2 A missão do lar estende-se para além do círculo de seus membros. O lar cristão deve ser uma lição prática que ponha em relevo a excelência dos princípios verdadeiros da vida. Semelhante exemplo será no mundo uma força para o bem. Muito mais poderosa que qualquer sermão pregado é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida. Ao deixarem um lar assim, os jovens ensinarão as lições que aí aprenderam. Por essa maneira, penetrarão em outros lares princípios mais nobres de vida, e uma influência regeneradora será sentida na sociedade. -- A Ciência do Bom Viver, 352. ------------------------Capítulo 110 -- O lar é uma escola MJ 329 1 Os jovens não se tornam mentalmente fracos ou ineficientes por se consagrarem ao serviço de Deus. "Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o Senhor." Salmos 111:10. A mais tenra criança que ama e teme a Deus, é maior aos Seus olhos do que o homem mais talentoso e instruído que negligencia a grande salvação. Os jovens que consagram o coração e a vida a Deus, assim fazendo se têm colocado em ligação com a Fonte de toda sabedoria e excelência. Deveres diários MJ 329 2 Se as crianças fossem ensinadas a considerar a humilde rotina dos deveres diários como o caminho a elas indicado pelo Senhor, como uma escola na qual devem ser preparadas para a realização de um serviço fiel e eficiente, quão mais agradável e honroso lhes pareceria o seu trabalho! Cumprir todo dever como sendo ao Senhor, lança um encanto ao redor da mais humilde ocupação, ligando os obreiros na Terra com os seres santos que cumprem a vontade de Deus no Céu. MJ 329 3 E no lugar que nos foi designado, devemos cumprir nossos deveres com a mesma fidelidade com que o fazem os anjos em sua mais alta esfera. Os que se sentem servos de Deus serão homens em quem, em toda a parte, se possa confiar. Os cidadãos do Céu se mostrarão os melhores cidadãos na Terra. Uma justa visão de nossos deveres para com Deus, leva a claras percepções dos que temos para com os nossos semelhantes. A recompensa da mãe MJ 330 1 Quando se assentar o juízo, e os livros forem abertos; quando o "muito bem" (Mateus 25:21) do grande Juiz for pronunciado, e a coroa de glória imortal colocada na fronte do vencedor, muitos erguerão essas coroas à vista do Universo reunido e, indicando sua mãe, dirão: "Ela me fez tudo quanto sou mediante a graça de Deus. Seus ensinos, suas orações, foram abençoados quanto à minha salvação eterna." ... MJ 330 2 Os jovens devem ser exercitados em permanecer firmes ao lado do direito em meio da iniqüidade dominante, de modo a fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para deter o progresso do vício e promover a virtude, a pureza e a verdadeira coragem. As impressões produzidas na mente e no caráter nos primeiros anos da vida são profundas e duradouras. Uma educação sem sabedoria, ou más companhias, exercerão muitas vezes na mente juvenil uma má influência que posteriores esforços serão impotentes para apagar. -- The Signs of the Times, 3 de Novembro de 1881. Possibilidades da educação no lar MJ 330 3 A juventude e a infância de hoje é que determinam o futuro da sociedade, e o que esses jovens e essas crianças serão depende do lar. A falta de boa educação doméstica pode ser responsabilizada pela maior parte das enfermidades, de miséria e criminalidade que afligem a humanidade. Se a vida doméstica fosse pura e verdadeira, se os filhos que saem do lar se achassem devidamente preparados para enfrentar as responsabilidades da vida e seus perigos, que transformação experimentaria o mundo! -- A Ciência do Bom Viver, 351. ------------------------Capítulo 111 -- Respeito e amor aos pais MJ 331 1 Os que verdadeiramente querem seguir a Cristo devem permitir que Ele habite em seu coração, entronizando-O aí supremamente. Devem representar-Lhe o espírito e o caráter na vida doméstica, mostrando cortesia e bondade àqueles com quem estiverem em contato. MJ 331 2 Há muitas crianças que professam conhecer a verdade, e não dão aos pais a honra e a afeição que lhes são devidas; que não manifestam senão bem pouco amor ao pai e à mãe, deixando de honrá-los com satisfazer-lhes os desejos, ou de buscar aliviá-los de ansiedade. Muitos que professam ser cristãos não sabem o que significa "respeite o seu pai e a sua mãe", e, portanto, só poucos saberão o que quer dizer: "para que você viva muito tempo na Terra que estou lhe dando". Êxodo 20:12. MJ 331 3 Nossos jovens dizem achar-se entre os que guardam os mandamentos de Deus, e todavia muitos dentre eles negligenciam e violam o quinto mandamento; e as ricas bênçãos prometidas aos que observam esse preceito, e honram pai e mãe, não se podem cumprir quanto a eles. A menos que se arrependam de seu pecado, reformando o caráter e as ações mediante a graça de Cristo, nunca entrarão na Nova Terra, onde poderiam viver eternamente. Os que não respeitam nem amam os pais, não amarão nem respeitarão a Deus. Os que deixam de resistir à prova, de honrar a seus pais tementes a Deus, deixam de obedecer-Lhe a Ele, não podendo, portanto, esperar entrar na Terra prometida. O destino depende da obediência MJ 332 1 Os jovens estão agora decidindo o seu destino eterno, e desejo apelar para vocês quanto a considerarem o mandamento ao qual o Senhor ajuntou a seguinte promessa: "para que você viva muito tempo na Terra que estou lhe dando". Êxodo 20:12. Filhos, desejam vocês a vida eterna? Então respeitem e honrem a seus pais. ... MJ 332 2 Aqueles que têm pecado ao não devotar amor e obediência aos pais, comecem agora a reparar o passado. Não podem seguir outra orientação; pois isso significaria a perda da vida eterna. Aquele que sonda os corações, sabe qual é a atitude que mantêm para com seus pais; pois pesa o caráter moral nas balanças de ouro do santuário celestial. Oh! confessem a negligência que têm manifestado para com seus pais, sua indiferença para com eles, o desprezo pelo santo mandamento de Deus! ... MJ 332 3 Será que o coração de seus pais, que se tem dilatado com tamanha simpatia para com vocês, pode retribuir-lhes o amor com fria ingratidão? Eles os amam, querem que sejam salvos; mas será que vocês não têm muitas vezes desprezado os seus conselhos, fazendo a própria vontade, agindo ao próprio modo? Não têm seguido seu juízo independente, quando sabem que tão teimosa direção não obteria a aprovação de Deus? Muitos pais e mães têm baixado à sepultura com o coração despedaçado por causa da ingratidão, da falta de respeito a eles manifestados pelos filhos. -- The Youth's Instructor, 22 de Junho de 1893. ------------------------Capítulo 112 -- Uma bênção MJ 333 1 Deus diz ao jovem: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração." Provérbios 23:26(ARA). O Salvador do mundo Se agrada em que as crianças e jovens Lhe dêem o coração. Há talvez um grande exército de crianças que serão encontradas fiéis a Deus por andarem na luz, assim como Cristo está na luz. Amarão ao Senhor Jesus, encontrando prazer em agradar-Lhe. Não ficarão impacientes quando reprovadas; mas alegrarão o coração do pai e da mãe com sua bondade, paciência, boa vontade para fazer tudo quanto puderem para ajudá-los a suportar os fardos da vida diária. Através da infância e juventude, serão achados fiéis discípulos de nosso Senhor. MJ 333 2 Crianças e jovens, podem ser, em seus primeiros anos, uma bênção no lar. Que desgosto ver filhos de pais tementes a Deus, indisciplinados e desobedientes, ingratos e voluntariosos, decididos a seguir seus próprios caminhos a despeito das perturbações ou mágoas que ocasionem aos pais! Satanás se delicia em governar o coração das crianças e, caso lhe seja permitido, lhes inspirará o próprio odioso espírito. Obediência aos pais MJ 333 3 Os pais podem fazer tudo que estiver ao seu alcance para proporcionar aos filhos todo privilégio e instrução, a fim de que entreguem o coração ao Senhor; todavia, esses filhos podem recusar andar na luz e, por seu mau proceder, lançar desfavoráveis reflexos sobre os pais que os amam, e cujo coração anela vê-los salvos. MJ 334 1 É Satanás que tenta as crianças a andar num caminho de pecado e desobediência; e depois, caso lhe seja permitido, lhes tirará a vida enquanto ainda se encontram em pecado a fim de lhes cortar toda esperança de salvação, ferindo, como a espada, o coração dos piedosos pais e mães, que se prostrarão com uma dor incurável pela final impenitência e rebelião dos filhos contra Deus... MJ 334 2 Crianças e jovens, suplico-lhes, pelo amor de Cristo, que andem na luz. Sujeitem sua vontade à vontade de Deus. Quando "homens perversos quiserem tentar você, não deixe". Provérbios 1:10. Observem o caminho do Senhor, pois não fruirão paz na transgressão. Mediante mau procedimento trarão descrédito sobre seus pais e desonra sobre a religião de Cristo. Lembrem-se de que sua vida se acha registrada nos livros do Céu, para ser aberta ao Universo reunido. Pensem que vergonha, que remorso vocês sentiriam, caso fosse sua infeliz sorte perder a vida eterna! "Escutem quando eu os corrijo. Eu darei bons conselhos e repartirei a Minha sabedoria com vocês. ... Então vocês Me chamarão... Quem Me ouvir terá segurança, viverá tranqüilo e não terá motivo para ter medo de nada." Provérbios 1:23, 28, 33. Atendam à instrução de Cristo: "Vivam a sua vida enquanto vocês têm esta luz, para que a escuridão não caia de repente sobre vocês." João 12:35. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1893. ------------------------Capítulo 113 -- A formação do caráter MJ 335 1 Satanás tenta os filhos a serem reservados com os pais e a buscar como confidentes seus jovens e inexperientes companheiros; aqueles que não podem ajudá-los, antes lhes dão maus conselhos. ... MJ 335 2 Os filhos seriam poupados de muitos males se fossem mais íntimos de seus pais. Estes devem estimular neles a disposição de ser abertos e francos com eles, a lhes levarem suas dificuldades, e a quando se acharem confusos quanto à direção certa a tomar, a exporem a questão diante de seus pais, tal como eles a vêem, pedindo-lhes conselho. Quem é tão capaz de ver e indicar o perigo que eles correm como os pais piedosos? Quem pode, como eles, compreender o temperamento particular de seus filhos? A mãe que observou cada modo de pensar desde a infância, estando assim familiarizada com a natural inclinação, está mais bem preparada para aconselhar seus filhos. Quem pode dizer tão bem quais os traços de caráter a combater e restringir, como a mãe, ajudada pelo pai? Tornar os pais felizes MJ 335 3 Os filhos cristãos preferem o amor e aprovação de seus pais tementes a Deus do que toda bênção terrena. Amarão e honrarão a seus pais. Deve constituir um dos principais cuidados de sua vida saber como tornarão seus pais felizes. Nesta época rebelde, os filhos que não receberam a devida instrução e disciplina têm bem pouca compreensão de sua obrigação para com os pais. Acontece muitas vezes que, quanto mais os pais fazem por eles, tanto mais ingratos são e menos os respeitam. MJ 336 1 As crianças que foram mimadas e servidas esperam sempre isso; e caso sua expectativa não se realize, ficam decepcionadas e perdem o ânimo. Essa mesma disposição se manifestará através de toda a sua vida; serão impotentes, dependendo do auxílio de outros, esperando que outros os favoreçam, e lhes façam concessões. E caso encontrem oposição, mesmo depois de atingirem a idade adulta, julgam-se maltratados; e assim atravessam penosamente o caminho pelo mundo, mal sendo capazes de levar as próprias cargas, murmurando e irritando-se freqüentemente porque nem tudo acontece como gostariam. ... MJ 336 2 Os filhos devem sentir-se em dívida para com os pais, que lhes têm protegido na infância e cuidado deles nas enfermidades. Devem compreender que os pais têm sofrido muita ansiedade por causa deles. Especialmente os pais conscienciosos e piedosos têm sentido profundo interesse em que seus filhos sigam a direção correta. Ao verem faltas neles, quão opresso lhes fica o coração! Os filhos se sensibilizariam caso pudessem ver o efeito de sua conduta que têm ocasionado esses desgostos. Caso vissem as lágrimas de sua mãe e lhe ouvissem as orações a Deus em seu favor, se lhes fosse dado escutar-lhes os reprimidos e entrecortados suspiros, o coração lhes doeria, e confessariam prontamente suas faltas e pediriam perdão. Força para o conflito MJ 337 1 Vivemos em uma época infeliz para as crianças. Forte corrente está impelindo para baixo, para a perdição, e é necessário mais que a experiência da infância e sua força para avançar contra esta corrente, sem ser por ela vencido. Os jovens parecem em geral cativos de Satanás, e ele e seus anjos os estão conduzindo a uma destruição certa. Satanás e seus anjos estão guerreando contra o governo de Deus, e a todos os que sentem o desejo de entregar-Lhe o coração e Lhe obedecerem aos mandamentos, o inimigo procurará desconcertar e vencer com suas tentações, a fim de se desanimarem e abandonarem a luta. ... MJ 337 2 Mediante fervorosa oração e viva fé, grandes vitórias serão obtidas. Alguns pais não têm compreendido as responsabilidades que repousam sobre eles e têm negligenciado a educação religiosa de seus filhos. Os primeiros pensamentos do cristão pela manhã devem ser para Deus. Os trabalhos seculares e os interesses próprios devem vir em segundo lugar. Os filhos devem ser ensinados a respeitar e reverenciar a hora de oração. Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida, e o pai ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. ... Impaciência diante da restrição MJ 337 3 Os filhos dos observadores do sábado talvez se tornem impacientes com a restrição, e julguem os pais muito severos; é possível até que se levantem maus sentimentos em seu coração, e que nutram idéias de descontentamento, fiquem ressentidos contra os que estão trabalhando pelo seu bem presente, futuro e eterno. Se, porém, a vida lhes for poupada por alguns anos, bendirão os pais por aquele estrito cuidado e fiel vigilância sobre eles nos anos de sua inexperiência. ... Responsabilidade individual MJ 338 1 Filhos, Deus achou por bem confiar-lhes aos cuidados de seus pais, para que os instruam e disciplinem, desempenhando assim sua parte na formação de seu caráter para o Céu. Todavia, cumpre-lhes decidir se formarão um bom caráter cristão, mediante o aproveitar da melhor maneira as vantagens que lhes têm sido dadas por pais piedosos, fiéis, dados à oração. Apesar de toda a ansiedade e fidelidade dos pais em favor dos filhos, sozinhos eles não podem salvá-los. Resta aos filhos uma obra a fazer. Cada filho tem um caso individual a atender. MJ 338 2 Pais crentes, vocês têm uma obra de responsabilidade para realizar: guiar os passos de seus filhos em sua experiência religiosa. Quando aprenderem a amar verdadeiramente a Deus, lhes bendirão e agradecerão pelo cuidado que manifestaram por eles, e por sua fidelidade em restringir-lhes os desejos e sujeitar-lhes a vontade. -- Testemunhos Selectos 1:141-143, 145-148, 150, 153. Revestidos da justiça de Cristo MJ 338 3 Quando estivermos revestidos da justiça de Cristo, não teremos o menor prazer no pecado; pois Ele estará trabalhando conosco. Poderemos cometer erros, mas odiaremos o pecado que causou os sofrimentos do Filho de Deus. -- The Review and Herald, 18 de Março de 1890. ------------------------Capítulo 114 -- Aceitar responsabilidades MJ 339 1 Esses jovens têm em casa deveres que passam por alto. Não aprenderam a levar a sério o dever e assumir as responsabilidades domésticas que lhes cabem. Possuem uma mãe fiel e prática, a qual tem levado muitas cargas que os filhos não deveriam ter permitido que ficassem sobre ela. Nisso deixaram de honrar sua mãe. Não partilharam dos encargos do pai como era seu dever, negligenciando honrá-lo como deviam. Seguem a inclinação de preferência ao dever. MJ 339 2 Têm seguido na vida uma direção egoísta com o fugir a encargos e obrigações, deixando de obter uma valiosa experiência da qual não podem consentir em ser separados se querem ter sucesso na vida. Não têm sentido a importância de ser fiéis nas pequeninas coisas, nem na obrigação para com seus pais de ser verdadeiros, íntegros e fiéis nos humildes, simples deveres da vida, que se lhes encontram pela frente. Passam por alto os ramos comuns de conhecimento, tão necessários à vida prática. Tornar o lar feliz MJ 339 3 Se em algum lugar esses jovens devem ser uma bênção, é no lar. Se eles cedem à inclinação, em vez de ser guiados pelas prudentes decisões da sensata razão, do bom discernimento e da esclarecida consciência, não podem ser uma bênção à sociedade ou à família de seu pai, e suas perspectivas neste mundo e no outro melhor estarão em perigo. MJ 340 1 Muitos jovens têm a impressão de que seus primeiros anos de vida não se destinam a ter cuidados, mas a ser gastos de forma dispersiva em esportes, gracejos e brincadeiras, em tolas satisfações. Enquanto empenhados em divertimentos vazios e satisfação dos sentidos, alguns não pensam em nada senão no momentâneo prazer. Seu desejo de diversão, seu amor pelo convívio social e por tagarelar e rir, vai aumentando com a condescendência; perdem todo o gosto pelas racionais realidades da vida, e os deveres domésticos parecem desinteressantes. Não há suficientes variações para lhes satisfazer a mente, e ficam desassossegados, impertinentes e irritáveis. Esses jovens devem sentir ser seu dever tornar o lar alegre e feliz. ... MJ 340 2 Não precisam, nem mesmo quando cansados com uma espécie de trabalho, desperdiçar os preciosos momentos. Podem então fazer qualquer coisa menos exaustiva, mas que beneficiará a mãe ou outras pessoas da família. Aliviando-lhes os cuidados ao tomar sobre si os mais pesados encargos que elas têm de levar, é-lhes dado encontrar aquela distração que brota do princípio e lhes proporcionará verdadeira felicidade, e seu tempo não será gasto em futilidades ou em satisfações egoístas. -- Testemunhos Para a Igreja 3:221-223. ------------------------Capítulo 115 -- A hora de culto MJ 341 1 Para que se desperte e fortaleça o amor ao estudo da Bíblia, muito depende do uso feito da hora de culto. As horas do culto matutino e vespertino devem ser as mais agradáveis e interessantes do dia. Compreenda-se que nessas horas nenhum pensamento perturbador ou mau se deve intrometer; que pais e filhos se reúnam a fim de se encontrarem com Jesus e convidar ao lar a presença dos anjos. Seja o culto breve e cheio de vida, adaptado à ocasião, e variado de tempo em tempo. Tomem todos parte na leitura da Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes a lei de Deus. Contribuirá para maior interesse das crianças ser-lhes algumas vezes permitido escolher o trecho a ser lido. Interroguem-nas a respeito do mesmo, e permitam que façam perguntas. Mencionem qualquer coisa que sirva para ilustrar o sentido. Se o culto não se tornar demasiado longo, façam com que os pequeninos tomem parte na oração e unam-se eles ao canto, ainda que seja uma única estrofe. MJ 341 2 Para se fazer com que este culto seja como deve, é necessário que pensemos previamente na sua preparação. Os pais devem tomar tempo diariamente para o estudo da Bíblia com seus filhos. Não há dúvida de que isso exigirá esforço e a organização de um plano para tal, bem como algum sacrifício para o realizar; o esforço, porém, será ricamente recompensado. -- Educação, 186. ------------------------Capítulo 116 -- Recebendo visitas MJ 342 1 Nós nos sentiríamos muito mais felizes e seríamos mais úteis, se nossa vida doméstica e o intercâmbio social fossem regidos pela afabilidade e a simplicidade de Cristo. Em lugar de nos cansarmos para ostentação, para causar a admiração ou a inveja das visitas, deveríamos nos esforçar para tornar tudo que nos cerca feliz por nosso contentamento, simpatia e amor. Que as visitas vejam que estamos procurando conformar-nos à vontade de Cristo. Vejam elas em nós, embora seja humilde nossa condição, um espírito de gratidão e contentamento. A própria atmosfera de um lar verdadeiramente cristão é de paz e tranqüilidade. Tal exemplo não será sem efeito. ... MJ 342 2 Em nossos esforços pelo conforto e felicidade dos hóspedes, não esqueçamos nossas obrigações para com Deus. A hora de oração não deve ser negligenciada por motivo algum. Não conversem nem se divirtam até que fiquem demasiado cansados para desfrutar o período de devoção. Fazer isso é apresentar a Deus uma oferta defeituosa. Cedo ainda ao anoitecer, quando podemos orar, sem atropelamento e de maneira inteligente, devemos apresentar nossas súplicas, erguendo a voz em feliz e grato louvor. MJ 342 3 Que todos quantos visitam os cristãos vejam que a hora de oração é a mais preciosa, a mais sagrada e feliz hora do dia. Essas horas de devoção exercem uma influência enobrecedora em todos quantos dela participam. Trazem uma paz e um sossego aprazíveis ao espírito. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1887. MJ 344 1 O caráter de uma pessoa é julgado pelo aspecto de seu vestuário. Um gosto apurado, um espírito cultivado revelar-se-ão na escolha de ornamentos simples e apropriados. A casta simplicidade no vestir, aliada à modéstia das maneiras, muito farão no sentido de cercar uma jovem com aquela atmosfera de sagrada reserva que para ela será um escudo contra os milhares de perigos. -- Educação, pág. 248. ------------------------Capítulo 117 -- Religião x aparência pessoal MJ 345 1 É importante que crianças e jovens sejam orientados a cuidar de suas palavras e ações, porque seu modo de proceder produz luz ou sombra, não apenas em seu próprio lar, mas também sobre todos com quem entram em contato. Antes, porém, que os jovens sejam cuidadosos, ponderados e se afastem de toda a aparência do mal. Devem ter aquela sabedoria que vem de cima, e a força que só Jesus pode dar. ... Verdadeiro adorno MJ 345 2 Muitos se enganam ao pensar que beleza e roupas chamativas farão com que obtenham a consideração do mundo. Ao contrário, os atrativos que consistem apenas nos adornos exteriores são superficiais e mutáveis; não se pode confiar neles. O adorno que Cristo aprecia em Seus seguidores nunca desaparecerá. Ele diz: "Não procure ficar bonita [bonito] usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Pelo contrário, a beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus." 1 Pedro 3:3, 4. MJ 345 3 Se metade do tempo gasto pelos jovens em tornarem-se atraentes na aparência exterior fosse dedicado ao cultivo da alma, na beleza interior, que diferença seria vista em sua conduta, palavras e ações! Aqueles que estão verdadeiramente buscando seguir a Cristo terão muito cuidado no que diz respeito à roupa que usam; se esforçarão para cumprir os requisitos dessa recomendação dada tão claramente pelo Senhor. O dinheiro agora gasto em extravagâncias no vestuário será usado para o avanço da causa de Deus e em suprir a mente com conhecimento útil, qualificando-os assim para posições de confiança. Procurarão atender as expectativas de Jesus, que os comprou por um preço infinito. MJ 346 1 Queridas crianças e jovens, Jesus fez tudo ao Seu alcance para lhes dar um lar nas mansões que estão preparadas para aqueles que O amam e O servem aqui. Ele deixou Seu lar celeste e veio a um mundo arruinado pelo pecado -- veio para pessoas que não Lhe deram valor, que não amaram Sua pureza e santidade, que desprezaram Seus ensinos, e finalmente O conduziram à morte mais cruel. "Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Aparência exterior MJ 346 2 Deus quer algo em troca desse grande sacrifício que Ele fez em seu favor. Deseja que você seja cristão, não apenas no nome, mas também na maneira de se vestir e conversar. Quer que fique satisfeito em vestir-se de maneira modesta, não com tufos, plumas e enfeites desnecessários. Ele deseja que torne suas maneiras atrativas, aquelas que o Céu pode aprovar. Querido jovem, será que você vai frustrar as expectativas de Jesus? MJ 346 3 Com freqüência, a aparência exterior reflete o que está na mente, e devemos ser cuidadosos quanto a que sinais damos ao mundo para julgar nossa fé. Desejamos que você siga a Jesus como filho querido, obediente à Sua expressa vontade em todas as coisas. Desejamos que você agrade seu Redentor ao buscar diligentemente essa beleza interior. Assim, dia após dia, com a ajuda de Jesus, você pode vencer o próprio eu. O orgulho e o amor à exibição serão descartados do seu coração e da vida. A mansidão e o amor à simplicidade serão estimulados. Dessa forma, os jovens podem tornar-se um exército de soldados fiéis para Cristo. MJ 347 1 Estamos vivendo em tempos perigosos, em que os que professam amar e obedecer a Deus O negam na vida diária. "Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Não terão amor para com os outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a Deus, parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela." 2 Timóteo 3:2-5. Deus não deseja que você se encontre nessa classe, querido jovem. Em Sua Palavra você pode aprender como evitar esses males, e ser um vencedor. ... MJ 347 2 "Os nossos irmãos o derrotaram por meio do sangue do Cordeiro e da verdade que anunciaram." Apocalipse 12:11. "Então os que temiam ao Senhor falaram uns com os outros, e Ele escutou com atenção o que estavam dizendo. E na presença dEle foram escritos num livro os nomes dos que respeitavam a Deus e O adoravam." Malaquias 3:16. Testemunhando MJ 347 3 Não é suficiente evitar a aparência do mal; você deve se afastar mais e mais disso; deve aprender a "fazer o bem". Deve representar Cristo ao mundo. Seu estudo diário deve ser como aprender a realizar as obras de Deus. Seus seguidores devem ser cartas vivas, conhecidas e lidas "por todos os homens". 2 Coríntios 3:2. MJ 348 1 Você nunca conseguirá um bom caráter simplesmente por desejá-lo. Isto só pode ser obtido através de esforço. O desejo nesse sentido deve ser expresso em empenho diligente e honesto, e paciente trabalho. Ao subir cada dia a escada de progresso, você se descobrirá finalmente no topo -- vencedor, sim, mais do que vencedor, através dAquele que o ama. -- The Youth's Instructor, 5 de Novembro de 1896. Religião julgada pelo vestuário MJ 348 2 Queridos jovens, a disposição de vocês em vestir-se de acordo com a moda e em usar rendas, ouro e coisas artificiais para exibição, não recomendará a outros a religião ou a verdade que professam. Pessoas de discernimento considerarão essas tentativas de enfeitar o exterior como evidência de mente fraca e coração orgulhoso. O vestir-se de forma simples, modesta e despretensiosa será uma recomendação às minhas jovens irmãs. Não há melhor maneira de deixar sua luz brilhar aos outros do que através da simplicidade de vestir-se e conduzir-se. Vocês podem mostrar a todos que, em comparação com as coisas eternas, dão o valor apropriado às coisas desta vida. -- Testemunhos Para a Igreja 3:376. ------------------------Capítulo 118 -- O vestuário e o caráter MJ 349 1 Os seguidores de Cristo são por Ele representados como o sal da Terra e a luz do mundo. Sem a influência salvadora dos cristãos, o mundo morreria em sua própria corrupção. Observe a classe de professos cristãos descritos, que são descuidados em seu vestuário e aparência; negligentes em suas transações comerciais, como o demonstra seu traje; grosseiros, descorteses e rudes em suas maneiras; baixos em suas conversas; ainda assim, consideram esses míseros traços como sinais de verdadeira humildade e vida cristã. Você acha que se nosso Salvador estivesse na Terra apontaria para eles como sendo o sal da Terra e a luz do mundo? Não, nunca! MJ 349 2 Os cristãos têm uma conversa de alto nível; e embora acreditem ser pecado condescender com a bajulação tola, são corteses, amáveis e bondosos. Suas palavras são sinceras e verdadeiras. São fiéis na maneira de tratar seus irmãos e o mundo. Na maneira de se vestir, evitam excessos e exibição; mas suas roupas são asseadas, não extravagantes, discretas, bem alinhadas e de bom gosto. Têm ainda um cuidado especial para vestir-se de maneira a demonstrar respeito sagrado pelo santo sábado e pela adoração a Deus. MJ 349 3 A linha de separação entre tais pessoas e o mundo será evidente demais para ser confundida. A influência dos crentes seria dez vezes maior se homens e mulheres que aceitam a verdade, que foram anteriormente descuidados e negligentes em seus hábitos, se tornassem tão elevados e santificados por meio da verdade que observassem hábitos de asseio, ordem e bom gosto em seu vestuário. Nosso Deus é um Deus de ordem, e de forma alguma Se agrada com a confusão, sujeira ou pecado. Relação para com a moda MJ 350 1 Os cristãos não devem esforçar-se para chamar a atenção sobre si ao vestirem-se diferentemente do mundo. Mas se, de acordo com sua fé e seu dever, com respeito a vestir-se com modéstia e saúde, perceberem que estão fora de moda, não devem mudar seu vestuário a fim de ser como o mundo. Ao contrário, devem manifestar uma nobre independência e coragem moral para serem corretos, mesmo se todo o mundo for diferente deles. Se o mundo apresentar uma maneira modesta, conveniente e saudável de se vestir, que esteja de acordo com a Bíblia, o fato de adotarmos esse estilo de roupa não alterará nossa relação com Deus ou com o mundo. Os cristãos devem seguir a Cristo, e harmonizar seu traje com a Palavra de Deus. Devem evitar extremos e seguir humildemente uma orientação coerente, independentemente de aplauso ou censura, e devem apegar-se ao que é correto, justamente por ser correto. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. ------------------------Capítulo 119 -- Escolhendo a melhor roupa MJ 351 1 A Bíblia ensina a simplicidade no vestuário. "Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples." 1 Timóteo 2:9. Isso proíbe exibição no vestuário, cores extravagantes, muito ornamento. Qualquer artifício planejado para atrair a atenção para o usuário ou para provocar admiração está excluído do traje modesto que a Palavra de Deus recomenda. Economia no vestuário MJ 351 2 Nossas roupas não devem ser caras -- não com "ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos". O dinheiro é algo concedido por Deus. Não é nosso para gastar na satisfação do orgulho ou ambição. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto e roupa para o nu. É uma defesa para o oprimido, um meio de restituir a saúde ao doente, ou de pregar o evangelho aos pobres. Você pode trazer felicidade a muitos corações ao usar sabiamente o dinheiro que agora é gasto para ostentação. Medite na vida de Cristo. Estude Seu caráter, e seja participante com Ele de Sua abnegação. MJ 351 3 No professo mundo cristão, gasta-se com jóias e roupas desnecessariamente caras o que seria suficiente para alimentar todos os famintos e vestir os nus. A moda e a ostentação consomem os meios que poderiam confortar os pobres e sofredores. Privam o mundo do evangelho do amor do Salvador. ... Qualidade e bom gosto MJ 352 1 Nossa roupa, embora modesta e simples, deve ser de boa qualidade, de cores apropriadas e adequadas ao uso. Deve ser escolhida mais pela durabilidade do que pela aparência. Deve proporcionar calor e proteção adequada. A mulher sábia descrita em Provérbios, "quando faz muito frio, não se preocupa, porque a sua família tem agasalhos para vestir". Provérbios 31:21. Saúde e asseio MJ 352 2 Nossa roupa deve ser asseada. A falta de asseio no vestuário faz mal à saúde, e assim contamina o corpo e a mente. "Certamente vocês sabem que são o templo de Deus... Se alguém destruir o templo de Deus, Deus destruirá essa pessoa." 1 Coríntios 3:16, 17. MJ 352 3 O vestuário deve ser saudável em todos os aspectos. Acima de tudo, Deus deseja que tenhamos saúde (3 João 2) -- saúde física e mental. E devemos trabalhar junto com Ele para a saúde tanto do espírito como do corpo. Ambas são promovidas pelo vestuário saudável. Graça e beleza naturais MJ 352 4 O vestuário deve ter a graça, a beleza, a conveniência da simplicidade natural. MJ 352 5 Cristo nos advertiu contra o orgulho da vida, mas não contra sua graça e beleza naturais. Apontou às flores do campo, ao lírio desabrochando em sua pureza, e disse: "Nem mesmo Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores." Mateus 6:29. Assim, através das coisas da natureza, Cristo ilustrou a beleza que o Céu valoriza, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a conveniência, que tornariam nossas roupas agradáveis a Ele. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 302, 303. ------------------------Capítulo 120 -- Influência do vestuário MJ 353 1 Não desaprovamos o asseio no vestuário. O bom gosto não deve ser desprezado ou condenado. Nossa fé, se confirmada, nos levará a ser tão simples no vestir e zelosos de obras, que seremos identificados como peculiares. Mas quando perdemos o gosto pela ordem e asseio no vestir, praticamente deixamos a verdade; porque a verdade nunca degrada, e sim eleva. Quando os crentes são negligentes em seu vestuário e são grosseiros e rudes em suas maneiras, sua influência prejudica a verdade. "Somos", disse o apóstolo inspirado, "como espetáculo para o mundo inteiro, tanto para os anjos como para as criaturas humanas." 1 Coríntios 4:9. Todo o Céu está notando a influência diária que os professos seguidores de Cristo exercem sobre o mundo. ... MJ 353 2 A simplicidade no vestir realçará a aparência de uma mulher sensata. Julgamos o caráter de uma pessoa pelo estilo de roupa que ela usa. Uma mulher modesta e piedosa se vestirá discretamente. Um gosto refinado e uma mente cultivada serão revelados na escolha de um traje simples e apropriado. As jovens que não se deixam escravizar pela moda serão ornamentos na sociedade. Aquela que é simples e despretensiosa em seu vestuário e em suas maneiras demonstra que entende que uma mulher verdadeira é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante é a simplicidade no vestir, cuja graça pode ser comparada com as flores do campo. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. ------------------------Capítulo 121 -- A beleza interior MJ 354 1 "Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Pelo contrário, a beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus." 1 Pedro 3:3, 4. MJ 354 2 A razão humana sempre tem procurado evitar ou colocar de lado as instruções simples e diretas da Palavra de Deus. Em cada época, a maioria dos professos seguidores de Cristo tem desconsiderado esses preceitos que recomendam abnegação e humildade, que requerem modéstia e simplicidade de conversação, conduta e vestuário. O resultado sempre tem sido o mesmo -- o abandono dos ensinos do evangelho conduz à adoção das modas, costumes e princípios do mundo. A piedade viva dá lugar a um formalismo morto. A presença e o poder de Deus, retirados daqueles círculos amantes do mundo, são encontrados com uma classe de adoradores mais humildes, que estão dispostos a obedecer aos ensinos da Sagrada Palavra. Através de sucessivas gerações, essa orientação tem sido seguida. Uma após outra, têm se levantado diferentes denominações e, abandonando a simplicidade, perderam, em grande medida, seu poder inicial. Uma armadilha MJ 354 3 Quando vemos o amor à moda e à ostentação entre os que professam crer na verdade presente, perguntamos com tristeza: O povo de Deus nada aprenderá da história do passado? Poucos entendem o próprio coração. Os tolos e fúteis amantes da moda podem afirmar que são seguidores de Cristo; mas seu vestuário e conversas demonstram o que lhes ocupa a mente e cativa as afeições. Sua vida revela a amizade deles com o mundo, e este os reclama como seus. MJ 355 1 Como pode alguém que já provou o amor de Cristo se satisfazer com a futilidade da moda? Meu coração está pesaroso ao ver os que professam ser seguidores do manso e humilde Salvador buscando tão avidamente moldar-se ao padrão de vestuário do mundo. Apesar de professarem piedade, dificilmente podem ser diferenciados dos incrédulos. Eles não apreciam a vida religiosa. Seu tempo e recursos são dedicados ao único objetivo de vestir-se para ostentação. MJ 355 2 O orgulho e a extravagância no vestir são um pecado para o qual a mulher é especialmente propensa. Por isso a recomendação do apóstolo se dirige especialmente a elas: "Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!" 1 Timóteo 2:9. Reforma necessária MJ 355 3 Vemos ganhar decidido terreno na igreja um mal que a Palavra de Deus condena. Qual o dever daqueles que têm autoridade com respeito a essa questão? Será a influência da igreja o que deve ser, enquanto muitos de seus membros obedecem ao que a moda pede, mais do que à vontade de Deus claramente expressa? Como podemos esperar a presença e o auxílio do Espírito Santo enquanto permitimos que essas coisas existam entre nós? Podemos permanecer calados enquanto os ensinos de Cristo são colocados de lado pelos Seus supostos seguidores? Essas coisas trazem desgosto e perplexidade àqueles que dirigem a igreja de Deus. Não refletirão minhas irmãs cristãs com sinceridade e oração sobre esse assunto? Não buscarão ser guiadas pela Palavra de Deus? MJ 356 1 O tempo extra gasto na preparação de trajes segundo as modas do mundo deveria ser dedicado a íntimo exame do coração e ao estudo das Escrituras. As horas mais que desperdiçadas no preparo de adornos desnecessários poderiam se tornar mais valiosas do que o ouro se empregadas na aquisição de princípios retos e conhecimentos sólidos. Meu coração sofre quando vejo jovens senhoras que dizem ser seguidoras de Cristo que praticamente ignoram Seu caráter e Sua vontade. Essas jovens se satisfazem comendo palha. O falso brilho do mundo lhes parece mais valioso do que as riquezas eternas. As faculdades mentais, que poderiam se desenvolver pela reflexão e estudo, são deixadas a dormir, e as afeições são indisciplinadas, porque o traje exterior é considerado de maior importância do que a beleza espiritual e o vigor da mente. Por amor à verdade MJ 356 2 Os seguidores de Cristo buscarão obter a beleza interior, o espírito manso e tranqüilo que Deus considera de grande valor, ou desperdiçarão as poucas e breves horas de graça em trabalho desnecessário para ostentação? MJ 357 1 O Senhor deseja que as mulheres procurem constantemente aperfeiçoar-se tanto na mente como no coração, obtendo força intelectual e moral para levar uma vida útil e feliz -- uma bênção para o mundo e uma honra ao seu Criador. MJ 357 2 Quero perguntar aos jovens de hoje, que professam crer na verdade presente, do que estão abrindo mão por amor à verdade. Quando realmente desejam um artigo de vestuário, ou algum adorno ou bem material, colocam a questão diante de Deus em oração para saber se Seu Espírito aprovaria esse gasto de meios? Na preparação de suas roupas, são cuidadosos para não desonrar a fé que professam? Podem pedir a bênção do Senhor sobre o tempo assim empregado? Uma coisa é unir-se à igreja, outra coisa bem diferente é estar unido a Cristo. Os não consagrados adeptos da religião, os amantes do mundo, são uma das causas mais sérias de fraqueza na igreja de Cristo. MJ 357 3 Nesta época, há uma frenética busca pelo prazer, jamais vista antes. O desperdício e a extravagância descuidada reinam por toda a parte. As multidões estão ávidas por diversão. A mente torna-se fútil porque não está acostumada à meditação, ou disciplinada para o estudo. O sentimentalismo ignorante é comum. Deus requer que toda pessoa seja cultivada, refinada, elevada e enobrecida. Mas muitas vezes todo conhecimento valioso é negligenciado por exibições da moda e prazeres superficiais. As mulheres permitem que seu espírito definhe por falta de alimento e diminua sua capacidade por causa da moda, tornando-se assim uma maldição para a sociedade em vez de uma bênção. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1881. ------------------------Capítulo 122 -- Um caso de idolatria MJ 358 1 A idolatria do vestuário é uma doença moral. Não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos, a submissão aos requisitos do evangelho exige uma mudança decidida no vestuário. MJ 358 2 Não deve haver descuido no vestuário. Por amor a Cristo, de quem somos testemunhas, devemos procurar ter uma boa aparência. No cerimonial do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe com respeito às roupas dos que oficiavam diante dEle. Assim nos ensinou que tem preferências quanto às roupas daqueles que O servem. As orientações dadas quanto à roupa de Arão foram bem específicas, porque seu vestuário era simbólico. Do mesmo modo, as roupas dos seguidores de Cristo comunicam muito. Em tudo devemos ser Seus representantes. Nossa aparência deve ser caracterizada em cada aspecto pelo asseio, simplicidade e pureza. Mas a Palavra de Deus não aprova mudanças no vestuário apenas por amor à moda -- para que nos pareçamos com o mundo. Os cristãos não devem enfeitar-se com roupas caras ou adornos custosos. MJ 358 3 As palavras das Escrituras quanto ao vestuário devem ser cuidadosamente consideradas. Necessitamos compreender o que o Senhor do Céu aprecia quanto ao vestuário. Todos os que buscam sinceramente a graça de Cristo atenderão às palavras de instrução inspiradas por Deus. Até mesmo o feitio da roupa expressará a autenticidade do evangelho. -- Testemunhos Selectos 2:393, 394. ------------------------Capítulo 123 -- O verdadeiro adorno MJ 359 1 Predomina por toda a parte uma desmoralizadora extravagância, e pessoas estão sendo arruinadas por causa do amor ao vestuário e à ostentação. A vida de nove décimos dos devotos da moda é uma mentira viva. Engano, fraude, é sua prática diária, porque desejam parecer aquilo que não são. MJ 359 2 Nobreza de espírito, gentileza e generosidade são negociadas para satisfazer o desejo de coisas más. Milhares vendem a virtude para obter recursos para seguir a moda. Tal loucura, em relação às instáveis modas do mundo, deve suscitar um exército de reformadores que tomem sua posição em favor do vestuário simples e modesto. Satanás está sempre inventando modas que só podem ser seguidas através do sacrifício de dinheiro, tempo e saúde. Seguindo o mundo MJ 359 3 Tendo diante de nós o quadro da desmoralização do mundo sobre a questão da moda, como professos cristãos ousam seguir o caminho dos mundanos? Daremos a impressão de aprovar essas modas desmoralizadoras ao adotá-las? Muitos adotam as últimas modas porque Cristo, a esperança da glória, não vive com eles. O viver luxuoso, com roupas extravagantes, é levado a tal ponto que constitui um dos sinais dos últimos dias. MJ 359 4 O orgulho e a vaidade se manifestam por toda a parte; mas os que são inclinados a olhar o espelho para se admirarem têm pouca propensão de contemplar a lei de Deus, o grande espelho moral. Essa idolatria do vestuário destrói tudo que é humilde, manso e amável no caráter. Consome as preciosas horas que deveriam ser dedicadas à meditação, ao exame interior, ao estudo da Palavra de Deus com oração. Na Palavra de Deus, a Inspiração registrou lições especialmente para nossa orientação. ... MJ 360 1 O amor às roupas tira parte dos recursos que deviam ser destinados às obras de misericórdia e caridade, e essa extravagante exibição é roubo contra Deus. Nossos recursos não nos foram dados para satisfação do orgulho e do amor à ostentação. Devemos ser sábios mordomos, e vestir o nu, alimentar o faminto e oferecer nossos meios para o avanço da causa de Deus. Se desejamos adornos, as graças da mansidão, humildade, simplicidade e prudência fazem bem a todas as pessoas, em qualquer classe e condição de vida. MJ 360 2 Não tomaremos nossa posição como fiéis sentinelas, reprovando por preceito e exemplo a condescendência com a dissipação e a extravagância desta época degenerada? Não daremos um exemplo correto à nossa juventude, de modo que quer comendo ou bebendo, ou fazendo qualquer outra coisa, façamos tudo para a glória de Deus? -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1912. MJ 362 1 Há diferença entre recreação e divertimento. A recreação, na verdadeira acepção do termo -- recriação -- tende a fortalecer e construir. Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim nos habilita a voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida. O divertimento, por outro lado, é procurado com o fim de proporcionar prazer, e é muitas vezes levado ao excesso; absorve as energias que são necessárias para o trabalho útil, e desta maneira se revela um estorvo ao verdadeiro êxito da vida. -- Educação, pág. 207. ------------------------Capítulo 124 -- O valor da recreação MJ 363 1 Os cristãos devem ser as pessoas mais alegres e felizes que existem. Podem ter a consciência de que Deus é seu Pai e Amigo constante. MJ 363 2 Mas muitos professos cristãos não representam corretamente a religião cristã. Parecem tristes, como se estivessem sob uma nuvem. Falam freqüentemente do grande sacrifício que fizeram para se tornarem cristãos. Apelam para aqueles que não aceitaram a Cristo, demonstrando por seu próprio exemplo e conversação que não devem abandonar tudo que tornaria a vida agradável e alegre. Lançam um manto de sombras sobre a bendita esperança cristã. Dão a impressão de que as ordens de Deus são um fardo mesmo para a pessoa disposta, e que tudo que dá prazer ou que agrada o gosto deve ser sacrificado. MJ 363 3 Não hesitamos em dizer que essa classe de professos cristãos não tem o artigo genuíno. Deus é amor. Aquele que está em Deus, está em amor. Todos os que realmente se relacionaram, por experiência, com o amor e a terna compaixão de nosso Pai celeste transmitem luz e alegria onde quer que estejam. Sua presença e influência são como a fragrância agradável das flores aos que com eles convivem, porque estão ligados a Deus e ao Céu, e a pureza e a beleza exaltadas do Céu são comunicadas através deles a todos que têm contato com sua influência. Isso faz deles a luz do mundo, o sal da Terra. São na verdade um cheiro de vida para vida, e não de morte para morte. A recreação cristã MJ 364 1 É privilégio e dever dos cristãos procurar revigorar o espírito e fortalecer o corpo através de inocente recreação, com o propósito de usar as energias físicas e mentais para a glória de Deus. Nossas recreações não devem ser cenas de alegria irracional, tomando a forma do ridículo. Podemos conduzi-las de maneira a beneficiar e elevar aqueles com quem nos relacionamos, e habilitando melhor a nós e aos outros para desempenharmos com mais sucesso os deveres que nos cabem como cristãos. MJ 364 2 Não podemos ser desculpados diante de Deus se nos envolvemos em diversões que têm a tendência de nos incapacitar para o fiel cumprimento dos deveres comuns da vida, diminuindo assim nosso gosto pela contemplação de Deus e das coisas celestiais. A religião de Cristo é animadora e enobrecedora em sua influência. Está acima de tudo que se pareça com brincadeiras tolas, gracejos e conversas fúteis. Em todos os nossos períodos de recreação podemos buscar na divina Fonte de poder novo ânimo e força, para que possamos ser mais bem-sucedidos em elevar a vida à pureza, à verdadeira bondade e à santidade. Amor ao belo MJ 364 3 O grande Deus é um amante do belo. Ele nos deu evidências inconfundíveis disso na obra de Suas mãos. Criou um belo jardim no Éden para nossos primeiros pais. Fez brotar da terra majestosas árvores, de toda espécie, para utilidade e ornamento. As flores foram feitas, de rara beleza, de todas as cores e matizes, perfumando o ar. Os alegres pássaros, de variada plumagem, entoavam seus cânticos festivos de louvor ao Criador. Era plano de Deus que o homem encontrasse felicidade em cuidar das coisas que Ele criara, e que suas necessidades fossem satisfeitas com os frutos das árvores do jardim. MJ 365 1 Deus, que fez o lar do Éden para nossos primeiros pais tão superiormente belo, deu também as nobres árvores, as lindas flores e tudo que é agradável na natureza para a nossa felicidade. Ele nos deu esses sinais de Seu amor para que tenhamos uma visão correta de Seu caráter. MJ 365 2 Implantou no coração de Seus filhos o amor ao belo. Mas esse amor tem sido pervertido por muitos. Os benefícios e belezas que Deus nos tem concedido têm sido adorados, enquanto o glorioso Doador tem sido esquecido. Essa é uma estúpida ingratidão. Devemos reconhecer o amor de Deus por nós em todas as Suas obras criadas, e nosso coração deve corresponder a essas evidências de Seu amor ao dedicar-Lhe os melhores e mais santos sentimentos do coração. O artista-mestre MJ 365 3 Deus nos tem rodeado com o bonito cenário da natureza para atrair e despertar o interesse da mente. É Seu propósito que associemos as glórias da natureza com Seu caráter. Se fielmente estudarmos o livro da natureza, descobriremos nela uma proveitosa fonte para contemplação do amor e poder infinitos de Deus. MJ 366 1 Muitos exaltam a habilidade artística que produz belas pinturas sobre telas. Todas as faculdades do ser são por muitos dedicadas à arte; contudo, quão longe ficam eles do natural. A arte nunca pode alcançar a perfeição vista na natureza. Muitos professos cristãos ficam extasiados diante de uma pintura do pôr-do-sol. Idolatram a habilidade do artista, mas ignoram o real e glorioso pôr-do-sol que têm o privilégio de contemplar em cada luminoso entardecer. MJ 366 2 De onde o artista obtém seu modelo? Da natureza. O grande Artista-Mestre pintou sobre a tela móvel e mutável do firmamento as glórias do pôr-do-sol. Coloriu e iluminou os céus de ouro, prata e vermelho, como se os portais do alto Céu se abrissem de par em par, a fim de que pudéssemos ver seu brilho, e nossa imaginação percebesse a glória interior. Muitos viram as costas descuidosamente para esse quadro trabalhado por Deus. Deixam de seguir o infinito amor e poder de Deus nas extraordinárias belezas vistas no firmamento, mas ficam quase hipnotizados ao contemplar e idolatrar as pinturas imperfeitas, em imitação do Artista-Mestre. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1871. Sem condições de resistir à tentação MJ 366 3 Não pensem que vocês podem unir-se aos amantes de diversões, aos imorais e amantes do prazer, e ao mesmo tempo resistir à tentação. -- The Signs of the Times, 20 de Junho de 1900. ------------------------Capítulo 125 -- O caminho da sabedoria MJ 367 1 É um fato alarmante que o amor ao mundo predomina na mente dos jovens em geral. Muitos se comportam como se as preciosas horas do tempo de graça, enquanto há misericórdia, representassem um grande dia de festa, e eles estivessem no mundo meramente para sua própria diversão, para se alegrarem numa contínua sucessão de emoções. Encontram seus prazeres no mundo e nas coisas do mundo, e desconhecem o Pai e as graças do Seu Espírito. Muitos são descuidados em sua conversação. Preferem esquecer que por suas palavras serão justificados ou condenados. Deus é desonrado pela futilidade, pelas conversas e risos tolos e inúteis que caracterizam a vida de muitos de nossos jovens. ... MJ 367 2 Satanás se esforça especialmente para levá-los a encontrar felicidade em diversões mundanas, e justificar-se procurando mostrar que essas diversões são inofensivas, inocentes e até mesmo importantes para a saúde. Apresenta o caminho da santidade como sendo difícil, enquanto os caminhos do prazer mundano são cobertos de flores. MJ 367 3 Em cores falsas e agradáveis, ele apresenta o mundo com seus prazeres diante dos jovens. Mas os prazeres da Terra logo chegarão ao fim, e o que foi semeado será colhido. São os atrativos, habilidades ou talentos pessoais valiosos demais para serem dedicados a Deus, o Autor de nosso ser, Aquele que cuida de nós a todo o momento? São nossas qualificações preciosas demais para serem devotadas a Deus? Cheiro de vida MJ 368 1 Os jovens muitas vezes alegam que precisam de alguma coisa que lhes desperte e distraia a mente. O que necessitam, entretanto, é justamente a esperança do cristão. A religião será para o crente um conforto, um guia seguro à Fonte da verdadeira felicidade. Os jovens devem estudar a Palavra de Deus, entregando-se à meditação e oração. Acharão que seus momentos livres não poderão ser melhor empregados. Os caminhos da sabedoria são "deliciosos, e todas as suas veredas, paz". Provérbios 3:17 (ARA). MJ 368 2 Paulo, escrevendo a Tito, aconselha os jovens a serem sensatos: "Aconselhe também os jovens a serem prudentes. Você mesmo deve ser, em tudo, um exemplo de boa conduta. Seja sincero e sério quando estiver ensinando. Use palavras certas, para que ninguém possa criticá-lo e para que os inimigos fiquem envergonhados por não terem nada de mau a dizer a respeito de nós." Tito 2:6-8. MJ 368 3 Insisto com os jovens, por amor a sua salvação, para que dêem atenção ao conselho do apóstolo. Todas essas bondosas instruções, advertências e repreensões serão ou um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. MJ 368 4 Os jovens são, por natureza, inclinados a pensar que deles não se espera muita responsabilidade, cuidado ou encargos. Mas sobre cada um repousa a obrigação de alcançar o padrão bíblico. A luz que brilha em forma de privilégios e oportunidades, no ministério da palavra, em conselhos, advertências e repreensões, aperfeiçoará o caráter ou condenará o descuidado. Essa luz deve ser mantida tanto pelos jovens como pelos de mais idade. Quem se colocará agora do lado de Deus, resolvido a dar ao Seu serviço o primeiro lugar em sua vida? Quem assumirá as responsabilidades? MJ 369 1 "Lembre-se do seu Criador enquanto você ainda é jovem." Eclesiastes 12:1. Jesus deseja o serviço daqueles que têm sobre si o orvalho da juventude. Deseja que sejam herdeiros da imortalidade. Podem crescer até à nobre masculinidade e feminilidade, apesar da poluição moral que predomina e que corrompe a tantos jovens cedo na vida. Podem ser livres em Cristo -- filhos da luz, não das trevas. MJ 369 2 Deus convida todo jovem e toda jovem a renunciar a cada mau hábito, a ser diligente em suas atividades, fervoroso no espírito, servindo ao Senhor. Não devem permanecer na ociosidade, sem fazer esforços para vencer hábitos errados ou para melhorar o comportamento. A sinceridade de suas orações será provada pelo vigor do esforço que fazem para obedecer aos mandamentos de Deus. A cada passo podem renunciar maus hábitos e más companhias, acreditando que o Senhor, pelo poder do Seu Espírito, lhes dará força para vencer. Fidelidade nas coisas pequenas MJ 369 3 Esforços individuais, constantes e combinados serão recompensados com o sucesso. Os que desejam realizar muitas coisas boas em nosso mundo devem estar dispostos a fazê-lo da maneira ordenada por Deus, desde as pequenas coisas. Aquele que deseja alcançar as mais sublimes alturas das realizações fazendo algo grande e maravilhoso acabará não fazendo nada. MJ 369 4 O progresso constante numa boa obra, a freqüente repetição de um tipo de serviço fiel, é de mais valor à vista de Deus do que a realização de uma só grande obra, e conquista para os jovens um bom relatório, imprimindo qualidade aos seus esforços. ... MJ 370 5 Os jovens podem fazer o bem trabalhando para salvar pessoas. Deus os considera responsáveis pelo uso que fazem dos talentos que lhes são confiados. Que os que afirmam ser filhos e filhas de Deus tenham como alvo um padrão elevado. Usem todas as faculdades que Deus lhes deu. -- The Youth's Instructor, 1 de Janeiro de 1907. Desejos insatisfeitos MJ 370 1 O contínuo desejo por diversões agradáveis revela os profundos desejos do coração. Mas os que bebem dessa fonte de prazer mundano acharão que a sede de seu coração continua insatisfeita. Estão enganados; confundem alegria com felicidade; e quando a agitação cessa, muitos afundam nas profundezas do desânimo e desespero. Oh! Que loucura, que insensatez, abandonar a "Fonte de águas vivas" pelas "cisternas rotas" do prazer mundano! -- Fundamentos da Educação Cristã, 422. Oportunidades de testemunhar MJ 370 2 Se você verdadeiramente pertencer a Cristo, terá oportunidade de testemunhar por Ele. Você será convidado a freqüentar lugares de diversão, e então terá chance de testemunhar de seu Senhor. Se for fiel a Cristo, não tentará arranjar desculpas para não aceitar, mas declarará com clareza e simplicidade que é um filho de Deus, e que seus princípios não permitiriam, nem mesmo por uma vez, estar num lugar onde não lhe é possível convidar o Senhor para estar presente. -- The Youth's Instructor, 4 de Maio de 1893. ------------------------Capítulo 126 -- Palavras de conselho MJ 371 1 Faz parte dos planos de Deus que as faculdades físicas, tanto quanto as mentais, sejam exercitadas; mas o tipo de exercício físico escolhido deve estar em completa harmonia com as lições dadas por Cristo a Seus discípulos. Essas lições devem ser exemplificadas na vida dos cristãos, de modo que em toda a educação e preparo próprio de professores e alunos, os agentes celestes não necessitem registrar a respeito deles que são "amantes dos prazeres". Esse é o registro que agora está sendo feito de grande número: "Mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus." 2 Timóteo 3:4 (ARA). MJ 371 2 Assim Satanás e seus anjos estão preparando armadilhas para as pessoas. Estão trabalhando na mente de professores e alunos para induzi-los a se envolverem em exercícios e divertimentos que ocupem todo o tempo, e que fortalecem as mais baixas paixões e criam desejos e paixões que neutralizam as atuações do Espírito de Deus no coração humano. MJ 371 3 Todos os professores de uma escola precisam de exercício, uma mudança de atividade. Deus designou o que deveria ser -- trabalho útil e prático. Mas muitos têm se desviado do plano de Deus seguindo invenções humanas, para prejuízo da vida espiritual. Os divertimentos estão contribuindo mais para anular a atuação do Espírito Santo do que qualquer outra coisa, e o Senhor é ofendido. ... MJ 371 4 "Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar." 1 Pedro 5:8. Ele está no local das brincadeiras, observando suas diversões, e iludindo toda pessoa que encontra distraída, lançando suas sementes no coração humano, e ganhando o controle da mente dos seres humanos. Está presente em todas as atividades nas salas de aula. Os alunos que permitem que a mente seja profundamente estimulada com jogos não estão na melhor condição para receber a instrução, o conselho, a repreensão, tão essenciais a eles. MJ 372 1 O exercício físico foi planejado por um Deus sábio. Algumas horas devem ser dedicadas diariamente à educação útil em ramos de trabalho que ajudem os alunos no aprendizado dos deveres da vida prática, que são essenciais a todos os nossos jovens. MJ 372 2 É necessário que cada pessoa, em cada escola ou outras instituições, esteja como Daniel em tão estreita ligação com a Fonte de toda a sabedoria que seja capaz de alcançar o mais elevado padrão em todos os sentidos. Daniel tinha diante de si o amor e o temor de Deus; e, consciente de sua responsabilidade para com Deus, exercitava todas as suas faculdades para corresponder o máximo possível ao amoroso cuidado do grande Mestre. Os quatro moços hebreus não permitiam que motivos egoístas e o amor aos divertimentos ocupassem os preciosos momentos da vida. Trabalhavam com coração disposto e mente aberta. Esse não é um padrão tão alto que algum jovem cristão não possa alcançar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 281-284. ------------------------Capítulo 127 -- Diversões perigosas MJ 373 1 O desejo por passatempo excitante e agradável é uma tentação e uma armadilha para o povo de Deus, especialmente para os jovens. Satanás está constantemente preparando atrativos para desviar a mente da solene obra de preparação para as cenas que se acham num futuro próximo. Através da influência de mundanos, mantém uma constante agitação para induzir os descuidados a se unirem aos prazeres do mundo. Existem shows, palestras e uma variedade ilimitada de entretenimentos que são destinados a levar a amar o mundo; e a fé é enfraquecida por causa dessa união com o mundo. MJ 373 2 Satanás é um trabalhador perseverante, um inimigo esperto e mortal. Sempre que uma palavra irrefletida é proferida, seja de bajulação ou para fazer com que os jovens olhem com menos aversão para algum pecado, ele se aproveita disso, e alimenta a má semente, que poderá criar raízes e produzir abundante colheita. Ele é, em todos os sentidos da palavra, um enganador, um hábil encantador. Possui muitas redes finamente tecidas, de aparência inocente, mas preparadas com muita habilidade para envolver os jovens e os descuidados. A mente natural tende ao prazer e à satisfação do próprio eu. É o método de Satanás encher a mente com o desejo de divertimentos mundanos, de modo que não haja tempo para a pergunta: "Como vai a minha alma?" Época infeliz MJ 373 3 Estamos vivendo numa época infeliz para os jovens. A influência que predomina na sociedade é favorável a permitir que os jovens sigam a inclinação natural de sua própria mente. Se os filhos são muito rebeldes, os pais têm a ilusão de que quando forem mais velhos e raciocinarem por si mesmos abandonarão os hábitos errôneos e se tornarão homens e mulheres úteis. Que engano! Durante anos, permitem que um inimigo semeie no jardim do coração, e consentem que princípios errados cresçam e se fortaleçam, parecendo não discernir os perigos ocultos e o fim terrível do caminho que lhes parece o caminho da felicidade. Em muitos casos, todos os esforços feitos posteriormente por esses jovens não darão resultado. MJ 374 1 Geralmente o padrão de piedade é baixo entre os professos cristãos, e é difícil para os jovens resistir às influências mundanas que são incentivadas por muitos membros da igreja. A maioria dos cristãos nominais, enquanto professa viver para Cristo, está na verdade vivendo para o mundo. Não diferenciam a excelência das coisas celestes e, portanto, não podem amá-las verdadeiramente. Muitos dizem ser cristãos porque o cristianismo é considerado honroso. Não percebem que o cristianismo genuíno significa levar a cruz, e sua religião tem pouca influência para impedi-los de tomar parte nos prazeres do mundo. MJ 374 2 Alguns entram no salão de baile e participam em todas as diversões que ele oferece. Outros não podem ir tão longe; todavia, assistem a festas de entretenimento, piqueniques, shows, e vão a outros lugares de divertimentos mundanos, e os olhos mais observadores não perceberiam qualquer diferença entre seu aspecto e o dos incrédulos. A educação dos menores MJ 375 1 Na atual condição da sociedade, não é tarefa fácil para os pais controlar os filhos e instruí-los de acordo com a norma bíblica do direito. Os filhos freqüentemente se tornam impacientes quando controlados, querendo fazer a própria vontade e ir e vir conforme lhes agrada. Especialmente da idade de dez a dezoito anos são inclinados a pensar que não deve haver mal em ir a reuniões mundanas de jovens companheiros. Mas os pais cristãos experientes podem ver o perigo. Estão familiarizados com o temperamento próprio dos filhos e sabem a influência dessas coisas em sua mente; e, porque desejam sua salvação, devem mantê-los afastados desses divertimentos excitantes. MJ 375 2 Quando os filhos decidem por si mesmos deixar os prazeres do mundo e se tornar discípulos de Cristo, que peso é tirado do coração desses pais cuidadosos e fiéis! No entanto, nem assim os pais devem deixar de esforçar-se. Esses jovens apenas começaram com sinceridade a luta contra o pecado e os males do coração natural, e precisam em sentido especial do conselho e atencioso cuidado dos pais. Tempo de provação para os jovens MJ 375 3 Jovens observadores do sábado que têm cedido à influência do mundo serão testados e provados. Os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e uma prova da qual muitos não têm idéia está diante dos jovens. Passarão por dura dificuldade, e a genuinidade de sua fé será provada. Dizem estar aguardando o Filho do homem, todavia alguns deles têm sido um lamentável exemplo aos incrédulos. Não estão dispostos a abandonar as coisas do mundo, mas unem-se a ele freqüentando piqueniques e outras reuniões de prazer, gabando-se de que estavam se envolvendo em divertimentos inocentes. No entanto, são justamente essas concessões que os separam de Deus e os tornam filhos do mundo. MJ 376 1 Alguns estão continuamente preferindo o mundo. Seus pontos de vista e sentimentos se harmonizam muito mais com o espírito do mundo do que com o dos abnegados seguidores de Cristo. É perfeitamente natural que prefiram a companhia daqueles cujo espírito melhor combine com o deles. E esses têm muitíssima influência entre o povo de Deus. Participam com eles e têm um nome entre eles; e isso chama a atenção dos incrédulos e dos fracos e não consagrados da igreja. Neste tempo de aperfeiçoamento, esses professos crentes ou se converterão totalmente e se santificarão pela obediência à verdade, ou serão deixados com o mundo, para receber sua recompensa com os mundanos. MJ 376 2 Deus não reconhece os caçadores de prazeres como Seus seguidores. Apenas os que são abnegados e que vivem de maneira sensata, humilde e santa são verdadeiros seguidores de Cristo. E esses não podem se alegrar com conversas banais e vazias dos amantes do mundo. De outro mundo MJ 376 3 Os verdadeiros seguidores de Cristo terão sacrifícios a fazer. Evitarão lugares de diversões mundanas, porque não encontram Jesus lá -- nenhuma influência que os torne mais santos e aumente seu crescimento na graça. A obediência à Palavra de Deus os levará a se afastar dessas coisas e ficar separados. MJ 377 1 "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:20, ARA), declarou o Salvador. Todos os verdadeiros seguidores de Cristo produzem frutos para Sua glória. A vida deles demonstra que uma boa obra tem sido realizada neles pelo Espírito de Deus, e seus frutos são para santidade. Sua vida é elevada e pura. Ações corretas são os frutos evidentes da verdadeira piedade, e aqueles que não produzem fruto desse tipo revelam que não possuem experiência nas coisas de Deus. Não estão na Videira. Jesus disse: "Continuem unidos comigo, e Eu continuarei unido com vocês. Pois, assim como o ramo só dá uvas quando está unido com a planta, assim também vocês só podem dar fruto se ficarem unidos comigo. Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e Eu com ele, esse dá muito fruto porque sem Mim vocês não podem fazer nada." João 15:4, 5. MJ 377 2 Os que querem ser adoradores do verdadeiro Deus devem abandonar todo ídolo. Jesus disse ao doutor da lei: "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Este é o maior mandamento e o mais importante." Mateus 22:37, 38. Os primeiros quatro preceitos dos Dez Mandamentos não permitem que nossas afeições estejam separadas de Deus. Nem devemos dividir nossa suprema alegria nEle com coisa alguma. Não podemos avançar na experiência cristã, enquanto não afastarmos tudo que nos separa de Deus. MJ 377 3 O grande Dirigente da igreja, que escolheu Seu povo do mundo, pede deles que se separem do mundo. Tem em vista que o espírito de Seus mandamentos, ao atrair Seus seguidores a Ele, os separe dos elementos mundanos. Amar a Deus e guardar Seus mandamentos está muito longe de amar os prazeres do mundo e sua amizade. Não há acordo entre Cristo e Belial. Promessas aos jovens MJ 378 1 Os jovens que seguem a Cristo têm uma guerra diante de si; têm diariamente uma cruz a levar quanto a sair do mundo e imitar a vida de Cristo. Mas há muitas promessas preciosas registradas para os que buscam cedo o Salvador. A sabedoria clama aos filhos dos homens: "Eu amo aquele que Me ama; e quem me procura acha." Provérbios 8:17. MJ 378 2 "Portanto, estejam prontos para agir. Continuem alertas e ponham toda a sua esperança na bênção que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado. Sejam obedientes a Deus e não deixem que a vida de vocês seja dominada por aqueles desejos que vocês tinham quando ainda eram ignorantes. Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo." 1 Pedro 1:13-15. "Pois Deus revelou a Sua graça para dar a salvação a todos. Essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Foi Ele quem Se deu a Si mesmo por nós, a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a Ele e que se dedica a fazer o bem." Tito 2:11-14. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 325-330. ------------------------Capítulo 128 -- O que não fazer MJ 379 1 Os jovens devem ser dirigidos por princípios firmes, para que possam desenvolver devidamente as faculdades que Deus lhes concedeu. Mas eles seguem tão cegamente os impulsos, sem considerar o princípio, que estão constantemente em perigo. Uma vez que não podem sempre ter a orientação e proteção dos pais e tutores, precisam ser instruídos a ter confiança e domínio próprios. Devem ser ensinados a pensar e agir por um princípio consciencioso. Folga e distração MJ 379 2 Os que se acham envolvidos em estudo devem ter períodos de folga. A mente não deve estar constantemente limitada a um pensar rigoroso, pois a delicada estrutura mental se torna cansada. Tanto o corpo como a mente precisam de exercício. Mas há grande necessidade de temperança nas diversões, bem como em qualquer outra atividade. E o tipo desses entretenimentos deve ser cuidadosa e completamente considerado. Todo jovem deve perguntar a si mesmo: Que influência essas diversões terão na saúde física, mental e moral? Minha mente ficará tão absorvida que me esqueça de Deus? Deixarei de ter em mente a Sua glória? MJ 379 3 O jogo de cartas deveria ser proibido. As companhias e as tendências são perigosas. ... Não há nada benéfico para a mente ou para o corpo nessas diversões. Nada que fortaleça o intelecto, nem que traga valiosas idéias para uso futuro. A conversação é geralmente sobre assuntos triviais e degradantes. ... MJ 380 1 A esperteza no manejo das cartas pode induzir ao desejo de empregar esse conhecimento e habilidade para algum fim de proveito pessoal. Aposta-se uma pequena quantia, e depois uma maior, até que se adquire uma sede de jogar que leva certamente à ruína. Quantos essa diversão perniciosa tem conduzido a todo ato pecaminoso, à pobreza, à prisão, ao assassinato e à morte! E, no entanto, muitos pais não vêem o terrível abismo de ruína que está largamente aberto para nossos jovens. MJ 380 2 Entre os mais perigosos lugares de diversões está o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes indecentes pervertem a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há influência mais poderosa em nosso país para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto por divertimentos tranqüilos e realidades sensatas da vida do que as diversões teatrais. MJ 380 3 O amor a esses espetáculos aumenta cada vez mais, assim como o desejo de bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é evitar o teatro, o circo e qualquer outro lugar de diversão duvidosa. MJ 380 4 Há formas de recreação que são muito benéficas, tanto para o corpo como para a mente. Uma mente esclarecida e seletiva encontrará muitos meios de entretenimento e diversão em fontes não apenas inocentes, mas instrutivas. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na natureza trarão muito benefício. -- Testemunhos Para a Igreja 4:651-653. Prover prazeres inocentes MJ 381 1 Os jovens não podem se tornar tão quietos e sérios como as pessoas de idade, nem a criança tão sisuda quanto o pai. Embora as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, procurem os pais, professores ou pessoas delas encarregadas substituí-las por entretenimentos inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não obriguem os jovens a regras e restrições rígidas, que os levem a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, lançando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e ponderada, mantenham as rédeas do governo, guiando e dirigindo-lhes a mente e propósitos, não obstante com tanta delicadeza, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam que vocês ainda têm em vista o seu melhor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 335. Trabalho voluntário como meio de recreação MJ 381 2 As horas tão freqüentemente passadas em diversões que não restauram as forças nem do corpo nem da mente devem ser gastas em visitar os pobres, doentes e os sofredores, ou em ajudar alguém que se ache em necessidade. -- Testemunhos Selectos 2:514. ------------------------Capítulo 129 -- O prejuízo MJ 382 1 Peço aos estudantes de nossas escolas que sejam sensatos. A futilidade dos jovens não é agradável a Deus. Suas brincadeiras e jogos abrem a porta a um mundo de tentações. Estão de posse do dom celeste de Deus em suas faculdades intelectuais, e não devem permitir que seus pensamentos sejam vulgares e baixos. O caráter formado em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus revelará princípios firmes, puras e nobres aspirações. O Espírito Santo coopera com as faculdades da mente humana, e impulsos elevados e santos são o resultado certo. ... MJ 382 2 As festas baixas e comuns, reuniões para comer e beber, cantar e tocar instrumentos musicais, são inspiradas por um espírito que é de baixo. São uma oferenda a Satanás. ... MJ 382 3 Alguns que lideram essas futilidades trazem sobre a causa de Deus uma mancha que não pode ser facilmente apagada. Ferem a própria alma, e levarão as cicatrizes pelo resto da vida. O malfeitor pode ver seus pecados e arrepender-se, e Deus pode perdoar o transgressor; mas o poder de discernimento, que sempre deve ser mantido vivo e sensível para distinguir entre o sagrado e o comum, é em grande medida destruído. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 366-368. ------------------------Capítulo 130 -- Alegria na religião MJ 383 1 A futura habitação dos justos e sua recompensa eterna são temas elevados e enobrecedores para os jovens considerarem. Demorem-se no maravilhoso plano da salvação, o grande sacrifício feito pelo Rei da glória a fim de serem elevados pelos méritos de Seu sangue, e pela obediência serem finalmente exaltados ao trono de Cristo. Esse assunto deve ocupar a mais nobre meditação da mente. Ser levado à graça de Deus -- que privilégio! ... MJ 383 2 Jovens amigos, vi que vocês podem ser felizes com uma ocupação e recreação dessa natureza. Mas a razão por que estão inquietos é que não buscam a única Fonte verdadeira de felicidade. Vocês estão sempre tentando encontrar fora de Cristo a satisfação que se encontra unicamente nEle. NEle não há esperanças frustradas. Oração -- oh, como esse precioso privilégio é negligenciado! A leitura da Palavra de Deus prepara a mente para a oração. Uma das maiores razões por que vocês têm tão pouca disposição para aproximar-se mais de Deus pela oração é que se tornaram incapacitados para essa obra sagrada por causa da leitura de histórias fascinantes, que envenenam a imaginação e despertam paixões pecaminosas. A Palavra de Deus se torna desagradável, a hora da oração é esquecida. A oração é a força do cristão. Quando sozinho, não se encontra só; sente a presença dAquele que disse: "Lembrem-se disto: Eu estou com vocês todos os dias." Mateus 28:20. MJ 384 1 Os jovens precisam exatamente daquilo que lhes falta; isto é: religião. Nada pode tomar o lugar dela. Simplesmente professar não quer dizer nada. Nomes são registrados nos livros da igreja, mas não no livro da vida. Vi que não existe um entre vinte jovens que sabe o que é a religião experimental. Servem a si mesmos, e ainda dizem ser servos de Cristo; mas a menos que se quebre o encanto que está sobre eles, logo perceberão que a parte que lhes cabe é a do transgressor. Quanto à abnegação ou sacrifício por amor da verdade, descobriram um caminho mais fácil. No que diz respeito ao fervoroso suplicar com lágrimas e grande clamor a Deus por Sua perdoadora graça, e por forças dEle para resistir às tentações de Satanás, julgam desnecessário ser tão fervorosos e zelosos; podem passar bem sem isso. Cristo, o Rei da glória, foi freqüentemente para as montanhas e lugares desertos para expor os pedidos de Seu coração ao Pai; mas o homem pecador, em quem não há força, pensa que pode viver sem muita oração. -- Testemunhos Para a Igreja 1:503-505. O exemplo de Jesus MJ 384 2 Jesus reprovava a condescendência própria em todas as suas formas, todavia Ele era de natureza sociável. Aceitava a hospitalidade de todas as classes, visitando o lar dos ricos e pobres, cultos e ignorantes, procurando elevar-lhes os pensamentos das coisas comuns da vida para as espirituais e eternas. Não consentia com o desperdício, e nenhuma sombra de leviandade mundana manchou Sua conduta; todavia, Se alegrava em cenas de inocente felicidade, e com Sua presença aprovava as reuniões sociais. -- O Desejado de Todas as Nações, 150, 151. ------------------------Capítulo 131 -- Recreação cristã MJ 385 1 Mesmo que estejamos buscando refrigerar o espírito e revigorar o corpo, Deus exige que empreguemos as nossas forças para o melhor propósito. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que estejamos melhor habilitados para o máximo sucesso no desempenho dos nossos deveres, e nossa influência será mais benéfica sobre os que nos rodeiam. Podemos retornar dessas ocasiões para nossa casa com a mente descansada e revigorados fisicamente, preparados para entregar-nos de novo ao trabalho com mais esperança e melhor ânimo. ... MJ 385 2 Estamos aqui para beneficiar a humanidade e ser uma bênção para a sociedade; e se permitirmos que nossa mente se envolva naquele canal inferior em que seguem os pensamentos dos que buscam apenas vaidade e extravagância, como poderemos ser um benefício para nossa raça e geração? Como ser uma bênção à sociedade a nossa volta? ... Contraste de princípios MJ 385 3 Entre a associação dos seguidores de Cristo em busca de recreação cristã e as reuniões mundanas à procura de prazer e divertimento, deve existir um contraste visível. Em vez de oração e da menção de Cristo e das coisas sagradas, se ouvirão dos lábios dos mundanos o riso tolo e a conversação fútil. A idéia é ter um período de grande divertimento geral. Suas diversões começam em tolice e terminam em vaidade. Nossas reuniões e nossa conduta devem ser dirigidas de tal maneira que quando voltarmos para casa possamos ter a consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não termos ferido ou prejudicado de algum modo aqueles com quem entramos em contato, ou de termos exercido influência nociva sobre eles. MJ 386 1 A mente natural tende para o prazer e a satisfação egoístas. É método de Satanás providenciar abundância dessas coisas. Tenta encher a mente dos homens com o desejo por diversões mundanas, para que eles não tenham tempo de perguntar a si mesmos: Como vai minha salvação? O amor ao prazer é infeccioso. Se a mente for entregue a ele, vai de um a outro ponto, buscando sempre algum entretenimento. A obediência à lei de Deus neutraliza essa inclinação, e constrói barreiras contra a impiedade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 336, 337. MJ 386 2 Os rapazes devem lembrar-se de que são responsáveis por todos os privilégios que têm desfrutado, pelo aproveitamento do tempo, e pelo devido uso de suas habilidades. Talvez perguntem: É proibido ter algum divertimento ou recreação? Só devemos trabalhar, trabalhar, trabalhar, sem variação? MJ 386 3 Qualquer atividade na qual você puder se envolver pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que desqualifica para a oração particular, para a devoção, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. ------------------------Capítulo 132 -- Atividades sociais MJ 387 1 Reuniões de intercâmbio social tornam-se proveitosas e instrutivas no mais alto grau quando os que se reúnem têm o amor de Deus ardendo no coração; quando se encontram para trocar idéias quanto à Palavra de Deus, ou considerar métodos para o progresso de Sua obra e a maneira de fazer o bem a seus semelhantes. Quando o Espírito Santo é considerado como hóspede bem-vindo a essas reuniões, quando nada é dito ou feito para afastá-Lo com tristeza, Deus é honrado, e os que se reúnem são revigorados e fortalecidos. MJ 387 2 Mas há reuniões sociais de outro tipo, onde o orgulho da aparência, a hilaridade e a futilidade muitas vezes se manifestam. Em seu desejo de divertir-se, os que as freqüentam estão em perigo de esquecer a Deus, e acontecem coisas que fazem os anjos da guarda chorar. A cena de prazer torna-se, no momento, o seu paraíso. Todos se entregam ao riso e alegria ruidosos. Os olhos brilham, a face fica vermelha; mas a consciência adormece. Falta de espiritualidade MJ 387 3 Tal entusiasmo e inspiração não são de origem celeste. Provêm inteiramente da Terra. Com tristeza, os anjos do Céu contemplam o esquecimento daqueles por quem Cristo tem feito tanto. Quando sobrevêm doença e morte àqueles que viveram meramente para agradar a si mesmos, descobrem tarde demais que não possuem azeite em suas lâmpadas, e que estão completamente incapacitados para encerrar sua história terrestre. MJ 388 1 O teor da conversação mantida em muitas reuniões sociais revela onde o coração é colocado. Os assuntos fúteis, os gracejos tolos, falados apenas para produzir riso, não representam devidamente a Cristo. Os que os proferem não gostariam de enfrentar o registro de suas palavras. Impressões erradas são produzidas nos ouvintes, e descrédito é lançado sobre Cristo. Oh, se os jovens cuidassem bem de suas palavras! Pois através delas serão justificados ou condenados. Lembre-se de que Jesus está ao seu lado, aonde você for, observando suas ações e ouvindo suas palavras. Ficaria você envergonhado ao ouvir Sua voz lhe falando, e sabendo que Ele ouve sua conversação? ... MJ 388 2 A pessoa que um dia foi uma cristã fervorosa e que toma parte nos divertimentos mundanos encontra-se em terreno perigoso. Deixou a região impregnada da atmosfera vital do Céu, e lançou-se numa atmosfera de neblina e cerração; pois em muitos casos as festas e reuniões de diversão são uma vergonha à religião de Cristo. MJ 388 3 Quem mantém ligação com Deus não pode, de coração, participar delas. As palavras que ouve não se acham em harmonia com seus gostos; pois não são a linguagem de Canaã. Os que estão falando não dão provas de que estejam elevando melodias a Deus em seu coração. Influências sutis MJ 389 4 Os superficiais no caráter e na experiência religiosa são rápidos em se reunir para se alegrar e divertir-se, e sua influência atrai a outros. Algumas vezes moços e moças que estão tentando ser cristãos segundo a Bíblia são convencidos a unir-se ao grupo. Não querendo ser considerados como esquisitos, e naturalmente inclinados a seguir o exemplo dos outros, colocam-se sob a influência daqueles que, talvez, nunca sentiram o toque divino na mente ou no coração. Se eles tivessem consultado com oração o padrão divino, para aprender o que Cristo disse a respeito do fruto que deve ser produzido pela árvore cristã, compreenderiam que esses entretenimentos eram realmente banquetes preparados para impedir que as pessoas aceitassem o convite para a ceia das bodas do Cordeiro. MJ 389 1 Algumas vezes acontece que, freqüentando lugares de diversões, jovens que foram cuidadosamente instruídos no caminho do Senhor são iludidos pelo brilho da influência humana, fazendo amizade com aqueles cuja educação e hábitos têm sido de caráter mundano. Vendem-se a uma existência de servidão ao unirem-se com pessoas que não têm a beleza de um espírito semelhante ao de Cristo. Os que amam e servem verdadeiramente a Deus temerão descer ao nível do mundo ao escolher a companhia de pessoas que não têm Cristo reinando no coração. Permanecerão corajosamente ao lado de Jesus, ainda que sua vida tenha de ser de abnegação e sacrifício. Solução para a futilidade MJ 389 2 Cristo viveu uma vida de serviço e sacrifício por nós. Será que não podemos fazer algo por Ele? Não são a expiação que Ele fez por nós e a justiça que deseja nos comunicar temas dignos de ocupar a mente? Se os jovens tirarem do tesouro da Bíblia as riquezas que ela contém, se meditarem no perdão, paz e justiça eterna que enchem a vida de abnegação, não terão o desejo de emoções e divertimentos duvidosos. MJ 390 1 Cristo Se alegra quando os pensamentos dos jovens se ocupam com os grandes e enobrecedores temas da salvação. Ele entra no coração de todos esses como hóspede permanente, enchendo-os de alegria e paz. E o amor de Cristo na alma é como "uma fonte de água que dará vida eterna". João 4:14. ... Os que possuem esse amor terão prazer em falar das coisas que Deus tem preparado para aqueles que O amam. MJ 390 2 O eterno Deus traçou a linha de separação entre os santos e os pecadores, entre os convertidos e os não convertidos. As duas classes não se misturam de forma imperceptível, como as cores do arco-íris, mas são tão distintas como o meio-dia e a meia-noite. O povo de Deus não pode com segurança relacionar-se intimamente com os que conhecem a verdade, mas não a praticam. O patriarca Jacó, falando de certos atos de seus filhos, os quais o horrorizavam, exclamou: "Não estarei presente quando fizerem planos, não tomarei parte nas suas reuniões." Gênesis 49:6. Sentiu que sua própria honra se comprometeria se ele se associasse com pecadores em suas ações. Ergueu o sinal de perigo, advertindo-nos a evitar más companhias, para que não sejamos manchados pelo mal. E o Espírito Santo, por intermédio do apóstolo Paulo, emite uma advertência similar: "Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz." Efésios 5:11. -- The Youth's Instructor, 4 de Fevereiro de 1897. Reuniões sociais aceitáveis MJ 391 1 Todo talento no sentido da influência deve ser sagradamente desenvolvido e usado com o fim de ganhar pessoas para Cristo. Moços e moças não devem pensar que seus jogos, festas e entretenimentos musicais, como geralmente são dirigidos, são aceitáveis a Cristo. MJ 391 2 Repetidamente me tem sido dada luz no sentido de que todas as nossas reuniões sociais devem ser caracterizadas por uma clara influência religiosa. Se nossos jovens se reunissem para ler e entender as Escrituras, perguntando: "Que posso fazer para conseguir a vida eterna?" e então se colocassem unidos ao lado da verdade, o Senhor Jesus faria descerem Suas bênçãos ao coração deles. MJ 391 3 Oh, se todo membro da igreja, todo obreiro de nossas instituições compreendesse que esta vida é uma escola na qual nos preparamos para o exame do Deus do Céu, quanto à castidade, pureza de pensamento, abnegação nas ações! Cada palavra e ato, cada pensamento, é anotado nos livros de registro do Céu. ... MJ 391 4 É através do poder e da eficácia da verdade que devemos ser santificados e elevados à verdadeira dignidade do padrão estabelecido na Palavra. O caminho do Senhor só pode ser aprendido através da mais cuidadosa obediência à Sua Palavra. Estude a Palavra. -- The Youth's Instructor, 14 de Agosto de 1906. ------------------------Capítulo 133 -- Como passar os feriados MJ 392 1 A recreação é necessária aos que se acham ocupados em trabalho físico, e é ainda mais essencial àqueles cujo trabalho é especialmente mental. Não é essencial à nossa salvação, nem para a glória de Deus, manter a mente em constante e excessivo trabalho, mesmo sobre temas religiosos. Há diversões, tais como a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar, porque o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem um efeito excitante, produzindo em algumas mentes uma paixão por essas diversões que conduzem aos jogos de azar e ao desperdício. Todos esses divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, e algo completamente inofensivo deve ocupar o seu lugar. MJ 392 2 Vi que não devemos passar nossos feriados seguindo o exemplo do mundo, mas não devemos ignorá-los, pois isso traria descontentamento aos nossos filhos. Nestes dias em que há perigo de nossos filhos serem expostos às más influências e serem corrompidos pelos prazeres e agitações do mundo, os pais devem estudar uma forma de proporcionar algo que substitua os entretenimentos mais perigosos. Devem mostrar aos filhos que desejam o bem-estar e a felicidade deles. MJ 392 3 Juntem-se várias famílias que residam numa cidade ou vila, e deixem as ocupações que as cansaram física e mentalmente, e façam uma excursão ao campo, às margens de um belo lago ou a um bonito bosque, onde o cenário da natureza seja lindo. Devem levar alimentos simples e saudáveis, as melhores frutas e cereais, pondo a mesa sob a sombra de alguma árvore ou sob a cobertura do céu. A viagem, o exercício e a paisagem despertarão o apetite, e poderão desfrutar uma refeição que causaria inveja aos próprios reis. MJ 393 1 Nessas ocasiões, pais e filhos devem sentir-se livres de toda preocupação com o trabalho e outros problemas. Os pais devem tornar-se crianças com seus filhos, fazendo com que tudo seja tão agradável quanto possível. Seja o dia todo dedicado à recreação. MJ 393 2 O exercício ao ar livre, para aqueles cujo trabalho é dentro de algum ambiente fechado e sedentário, será benéfico à saúde. Todos os que podem, devem sentir o dever de adotar esse procedimento. Nada se perderá; mas se ganhará muito. Podem retornar às suas ocupações com nova vida e novo ânimo para envolver-se em seu trabalho com mais zelo, e estarão melhor preparados para resistir às doenças. -- Testemunhos Para a Igreja 1:514, 515. Fontes cristãs de prazer MJ 393 3 Deus proveu para cada um prazeres que podem ser aproveitados por ricos e pobres igualmente -- o prazer que se encontra em cultivar a pureza de pensamentos e a abnegação nas ações, o prazer que provém de falar palavras de simpatia e praticar atos de bondade. Dos que realizam esse serviço, a luz de Cristo brilha para iluminar vidas obscurecidas por muitas mágoas. -- Testemunhos Para a Igreja 9:57. ------------------------Capítulo 134 -- Uma alternativa às sociedades literárias MJ 394 1 Surge muitas vezes a pergunta: São as sociedades literárias benéficas aos nossos jovens? Para responder a essa pergunta, devemos considerar não apenas o objetivo declarado dessas sociedades, mas a influência que têm realmente exercido, como prova a experiência. O desenvolvimento da mente é um dever que temos para com nós mesmos, a sociedade e Deus. Mas nunca devemos imaginar meios de cultivo para o intelecto à custa da moral e do espiritual. E é apenas através do desenvolvimento harmonioso tanto das faculdades mentais como morais que se pode alcançar a mais elevada perfeição de cada uma. São esses resultados conseguidos por meio das sociedades literárias da forma que geralmente são dirigidas? MJ 394 2 As sociedades literárias estão exercendo quase mundialmente uma influência contrária àquilo que o nome indica. Como são em geral dirigidas, tornam-se um dano à juventude, pois Satanás se introduz para imprimir sua marca nas atividades. Tudo quanto torna varonil o homem e feminina a mulher é um reflexo do caráter de Cristo. Quanto menos tivermos de Cristo em tais sociedades, tanto menos possuiremos do elemento que eleva, refina e enobrece, que aí deveria predominar. Quando os mundanos dirigem essas reuniões para satisfazer os próprios desejos, o espírito de Cristo é excluído. A mente é desviada das sérias reflexões, de Deus, do que é real e importante, para o imaginário e insignificante. Sociedades literárias -- quem dera que o nome lhes exprimisse o verdadeiro caráter! O que é a palha em comparação com o trigo? MJ 395 1 Os propósitos e objetivos que levam à formação de sociedades literárias podem ser bons; mas a menos que essas organizações sejam dirigidas pela sabedoria vinda de Deus, se tornarão um verdadeiro mal. São geralmente admitidas pessoas profanas e de vida e coração não consagrados, sendo muitas vezes colocadas nas posições de mais responsabilidade. Talvez se adotem regras e regulamentos considerados suficientes para reprimir qualquer influência prejudicial; mas Satanás, um astuto general, está em atividade para moldar a sociedade de acordo com seus planos e, a seu tempo, é muitas vezes bem-sucedido. MJ 395 2 O grande adversário encontra fácil acesso àqueles a quem tem dominado anteriormente, e através deles cumpre seu propósito. Vários entretenimentos são introduzidos para tornar as reuniões interessantes e atrativas para os mundanos, e assim as atividades da chamada sociedade literária degeneram muitas vezes em representações teatrais desmoralizantes e tolices vulgares. Todas essas satisfazem a mente carnal, que está em inimizade com Deus, mas não fortalecem o intelecto nem confirmam a moral. MJ 395 3 A associação dos que temem a Deus com os incrédulos nessas sociedades não torna santos os pecadores. Quando o povo de Deus se une voluntariamente com os mundanos e não consagrados, dando-lhes a prioridade, se afastarão dEle pela influência não santificada sob a qual se colocaram. Por um pouco de tempo pode não haver nada seriamente objetável, mas a mente que não está sob o controle do Espírito de Deus não se entregará facilmente às coisas que se inspiram na verdade e justiça. Se tivessem até então qualquer gosto pelas coisas espirituais, teriam se colocado nas fileiras de Jesus Cristo. As duas classes são dirigidas por diferentes senhores, e são opostas em seus propósitos, esperanças, gostos e desejos. Os seguidores de Cristo apreciam assuntos sóbrios, sensatos, enobrecedores, enquanto os que não têm amor pelas coisas sagradas não podem ter prazer nessas reuniões, a menos que o superficial e irreal constitua o aspecto importante do programa. Pouco a pouco o elemento espiritual é dominado pelo profano, e o esforço de harmonizar princípios antagônicos em sua natureza demonstra-se um decidido fracasso. MJ 396 1 Têm-se feito esforços no intuito de formular um plano para o estabelecimento de uma sociedade literária que se demonstre benéfica a todos ligados a ela -- uma sociedade em que todos os membros sintam a responsabilidade moral de torná-la o que ela deve ser e evitar os males que muitas vezes tornam essas associações perigosas aos princípios religiosos. Pessoas discretas e de bom discernimento, que têm viva ligação com o Céu, que vêem as más tendências, e, não iludidas por Satanás, avançarão no caminho da integridade, erguendo continuamente a bandeira de Cristo -- essas são as pessoas necessárias no comando dessas sociedades. Tal influência imporá respeito, e tornará essas reuniões uma bênção em vez de maldição. MJ 396 2 Se homens e mulheres de idade madura se unissem aos jovens para organizar e dirigir uma sociedade literária, ela poderia tornar-se tanto útil como interessante. Mas quando tais reuniões se transformam em ocasiões de brincadeira e risadas barulhentas, são tudo, menos literárias ou próprias para elevar. Antes rebaixam tanto o espírito como a moral. MJ 397 1 A leitura da Bíblia, o exame crítico de seus temas, esboços escritos sobre tópicos que desenvolveriam a mente e transmitiriam conhecimento, o estudo das profecias ou das preciosas lições de Cristo -- isso terá influência para fortalecer as faculdades mentais e aumentar a espiritualidade. A familiarização com as Escrituras aguça o discernimento e fortifica a mente contra os ataques de Satanás. MJ 397 2 Poucos compreendem que é um dever exercer domínio sobre os pensamentos e a imaginação. É difícil manter a mente indisciplinada fixa em assuntos proveitosos. Mas se os pensamentos não são devidamente empregados, a religião não pode florescer na alma. A mente deve preocupar-se com coisas sagradas e eternas, ou nutrirá pensamentos levianos e superficiais. Tanto as faculdades intelectuais como as morais devem ser disciplinadas, e pelo exercício se fortalecerão e aumentarão. ... MJ 397 3 O intelecto, do mesmo modo que o coração, deve ser consagrado ao serviço de Deus. Ele tem direito a tudo que há em nós. Não importa quão inocente ou louvável lhe pareça, o seguidor de Cristo não deve condescender com qualquer satisfação ou envolver-se em qualquer empreendimento que uma consciência esclarecida lhe mostre que enfraqueceria o entusiasmo ou diminuiria a espiritualidade. Todo cristão deve trabalhar para repelir a onda de mal, e salvar nossos jovens das influências que os arrastariam à ruína. Deus nos ajude a resistir à corrente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 541-544. ------------------------Capítulo 135 -- A dança MJ 398 1 O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão nem envolver-se em nenhum entretenimento sobre o qual não possa pedir a bênção de Deus. Não será encontrado no teatro e nos salões de jogos. Não se unirá aos alegres dançantes, nem se entregará a qualquer outro prazer enfeitiçante que lhe venha afastar a Cristo da mente. MJ 398 2 Aos que defendem essas diversões, respondemos: Não podemos aceitá-las em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não seria invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança. Nenhum cristão desejaria morrer em tal lugar. Ninguém gostaria de ser encontrado lá quando Cristo vier. MJ 398 3 Quando chegarmos à hora final, e ficarmos face a face com o registro de nossa vida, acaso lamentaremos termos comparecido a tão poucas festas de diversão? Ou de termos participado de tão poucas cenas de leviana alegria? Não lamentaremos muito mais as horas desperdiçadas em satisfação egoísta -- tantas oportunidades negligenciadas que, devidamente aproveitadas, teriam nos garantido tesouros imortais? MJ 398 4 Tem-se tornado costume entre os que professam a religião desculpar quase toda condescendência nociva a que o coração está ligado. Pela familiaridade com o pecado, tornam-se cegos à sua enormidade. Muitos que afirmam ser filhos de Deus tentam disfarçar os pecados que Sua Palavra condena, procurando unir algum objetivo de caridade da igreja com suas farras ímpias. Assim tomam emprestadas as vestes do Céu para com elas servir ao diabo. Pessoas são enganadas, induzidas ao erro e perdidas para a virtude e integridade por esses desperdícios ao sabor da moda. No caminho perigoso MJ 399 1 Em muitas famílias religiosas, a dança e o jogo de cartas são usados como brincadeiras de salão. Alegam que são entretenimentos tranqüilos, domésticos, que podem ser desfrutados com segurança sob as vistas paternas. Mas o amor por esses prazeres excitantes é assim cultivado, e o que era considerado inofensivo em casa não será por muito tempo visto como perigoso lá fora. Resta ainda ver se algo bom pode ser obtido desses divertimentos. Eles não dão força ao corpo nem descanso à mente. Não introduzem na alma um sentimento virtuoso ou santo. Ao contrário, destroem todo gosto pelos pensamentos sérios e pelos cultos. É verdade que existe uma grande diferença entre a melhor classe de seletas festinhas e as promíscuas e degradantes reuniões do baixo salão de baile. Todavia, são todos passos no caminho perigoso. MJ 399 2 O divertimento da dança, como conduzido em nossos dias, é uma escola de depravação, uma terrível maldição para a sociedade. Se todos em nossas grandes cidades que são anualmente arruinados por esse meio pudessem ser reunidos, quantas histórias de vidas destruídas seriam reveladas! Quantos que agora estão prontos a defender esse costume se encheriam de angústia e espanto com os resultados! Como podem pais declaradamente cristãos consentir em colocar seus filhos no caminho da tentação, ao participar com eles de tais cenas de festividade? Como podem moços e moças trocar sua salvação por esse prazer sedutor? -- The Review and Herald, 28 de Fevereiro de 1882. O perigo das diversões MJ 400 1 O amor aos prazeres é um dos mais perigosos, porque é uma das tentações mais sutis, dentre as muitas que assaltam crianças e jovens nas cidades. São muitos os feriados; jogos e corridas de cavalos atraem milhares, e o redemoinho da excitação e do prazer os afasta dos deveres sensatos da vida. O dinheiro que devia ter sido poupado para fins melhores -- em muitos casos os escassos ganhos do pobre -- é desperdiçado com divertimentos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 422. Dirigidos por princípios MJ 400 2 Muitos têm tanto medo de provocar críticas desagradáveis ou comentários maliciosos que não ousam agir segundo os princípios. Não têm coragem de identificar-se com os que seguem totalmente a Cristo. Desejam harmonizar-se com os costumes do mundo e obter a aprovação dos mundanos. Cristo Se deu por nós "a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a Ele e que se dedica a fazer o bem". Tito 2:14. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1887. MJ 402 1 É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na senda tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho. A influência social, santificada pelo Espírito de Cristo, deve desenvolver-se na condução de almas para o Salvador. -- A Ciência do Bom Viver, pág. 496. ------------------------Capítulo 136 -- Sociabilidade objetiva MJ 403 1 Todos que pregam a Palavra de Deus e receberam o evangelho de Sua graça devem seguir o exemplo de Cristo de interessar-Se pela humanidade. Não devemos renunciar ao convívio social. Não devemos nos separar dos outros. Para que atinjamos todas as classes, precisamos ir ao encontro delas onde estiverem. Raramente elas nos procurariam por sua livre vontade. Não é somente do púlpito que o coração das pessoas é tocado pela verdade divina. Há outro campo de trabalho, talvez mais humilde, mas igualmente produtivo. Encontra-se no lar do humilde e na mansão do grande; na mesa hospitaleira e em reuniões de inocente entretenimento. MJ 403 2 Como discípulos de Cristo não devemos nos misturar com o mundo por mero amor ao prazer, para unir-nos a eles na insensatez. Essas associações só podem trazer prejuízo. Nunca devemos aprovar o pecado através de nossas palavras ou ações, nosso silêncio ou presença. Aonde quer que formos, devemos levar Jesus conosco e revelar aos outros a preciosidade de nosso Salvador. Mas os que tentam esconder sua religião dentro de muros de pedras perdem preciosas oportunidades de fazer o bem. Por meio das relações sociais, o cristianismo entra em contato com o mundo. Todos aqueles que receberam iluminação divina devem iluminar o caminho dos que não conhecem a Luz da vida. MJ 404 1 Todos devemos nos tornar testemunhas de Jesus. O poder social, santificado pela graça de Cristo, deve ser aperfeiçoado em atrair pessoas para o Salvador. Que o mundo veja que não estamos egoistamente preocupados com nossos próprios interesses, mas que desejamos que outros participem das bênçãos e privilégios que desfrutamos. Vejam eles que nossa religião não nos torna antipáticos ou exigentes. Que todos os que professam ter encontrado a Cristo contribuam para o bem dos homens, como Ele fez. MJ 404 2 Nunca deveríamos dar ao mundo a falsa impressão de que os cristãos são pessoas tristes e infelizes. Se nossos olhos estiverem fixos em Jesus, veremos um Redentor compassivo, e receberemos luz de Seu semblante. Onde quer que reine o Seu espírito, aí habita a paz. E haverá alegria também, pois há uma calma e santa confiança em Deus. MJ 404 3 Cristo fica feliz com Seus seguidores quando mostram que, embora humanos, são participantes da natureza divina. Não são estátuas, mas homens e mulheres vivos. Seu coração, refrigerado pelo orvalho da graça divina, abre-se e expande-se ao Sol da Justiça. A luz que brilha sobre eles é refletida sobre outros em obras iluminadas pelo amor de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 152, 153. Convívio influencia destino MJ 404 4 A Palavra de Deus dá grande ênfase à influência das amizades, mesmo entre homens e mulheres. Quanto maior não será seu poder sobre a mente e o caráter em formação de crianças e jovens! As amizades que têm, os princípios que adotam, os hábitos que formam, decidirão a questão de sua utilidade aqui, bem como de seu destino futuro. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 220. ------------------------Capítulo 137 -- Intercâmbio amigável MJ 405 1 A sociabilidade cristã é, na verdade, bem pouco cultivada pelo povo de Deus. Esse ramo da educação não deve ser negligenciado ou perdido de vista em nossas escolas. MJ 405 2 Os alunos devem ser ensinados que não são átomos independentes, mas que cada um é um fio que deve se unir a outros fios na composição de um tecido. Em nenhum departamento essa instrução pode ser dada com mais eficácia do que na escola doméstica. Aí os alunos são diariamente cercados de oportunidades que, se aproveitadas, ajudarão muito no desenvolvimento dos traços de caráter deles. Está no poder deles próprios aproveitarem de tal maneira o tempo e oportunidades que formem um caráter que os torne úteis e felizes. Os que se fecham em si mesmos, que não estão dispostos a se esforçarem para beneficiar outros através do convívio amigável, perdem muitas bênçãos. Pois através do contato mútuo, a mente é aperfeiçoada e refinada; pelo intercâmbio social formam-se relações e amizades que resultam em unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. MJ 405 3 Especialmente os que provaram o amor de Cristo devem desenvolver suas habilidades sociais, porque dessa maneira podem ganhar pessoas para o Salvador. Cristo não deve ficar escondido no coração deles, encerrado como um tesouro cobiçado, sagrado e agradável, a ser desfrutado apenas por eles próprios; nem deve o amor de Cristo ser manifestado unicamente àqueles que são do seu agrado. MJ 406 1 Aos estudantes deve ser ensinado o exemplo de Cristo em exibir um interesse bondoso, um temperamento sociável, para com aqueles que tenham mais necessidade, embora não sejam os companheiros de sua preferência. Em todo tempo e lugar, Jesus manifestava amorável interesse pela família humana, e irradiava de Si a luz da piedade cordial. Os alunos devem ser ensinados a seguir os Seus passos. Devem ser ensinados a manifestar interesse cristão, simpatia e amor por seus novos companheiros, e esforçar-se para atraí-los a Jesus. Cristo deve estar no coração deles como uma Fonte de água que flui para a vida eterna, refrigerando a todos com quem entram em contato. MJ 406 2 É esse ministério voluntário e amorável pelos outros em tempos de necessidade que Deus considera precioso. Assim, mesmo enquanto freqüentam a escola, os alunos podem ser missionários vivos de Deus, uma vez que sejam fiéis à fé que professam. Tudo isso levará tempo; mas o tempo assim gasto é bem empregado, pois dessa forma o aluno está aprendendo a maneira de apresentar o cristianismo ao mundo. MJ 406 3 Cristo não Se recusava a associar-Se aos outros em intercâmbio amigável. Quando convidado a uma festa por um fariseu ou publicano, aceitava o convite. Nessas ocasiões, cada palavra que Ele proferia era um bálsamo de vida a Seus ouvintes; pois tornava a hora da refeição uma oportunidade para comunicar muitas lições preciosas apropriadas à necessidade deles. Assim Cristo ensinava a Seus discípulos como se conduzirem quando em companhia dos não religiosos, da mesma maneira que ao estar com os que o eram. -- Testemunhos Selectos 2:437-439. ------------------------Capítulo 138 -- Princípios de orientação MJ 407 1 Nossa vida pertence a Jesus. Ele pagou um preço altíssimo e intercede perante o Pai como nosso Mediador, rogando não como um suplicante, mas como um vencedor que reclama aquilo que Lhe pertence. Ele é capaz de salvar completamente, pois vive sempre para interceder por nós. Uma vida jovem é uma oferta preciosa, o mais valioso presente que pode ser oferecido a Deus. Tudo o que você é, todas as habilidades que possui, são um sagrado depósito que Deus lhe confia, para devolver a Ele novamente em oferta voluntária e santa. Você não pode oferecer nada a Deus que Ele não tenha lhe dado primeiramente. Portanto, quando o coração é entregue a Deus, Lhe está sendo dado um presente que Ele já comprou e que Lhe pertence. MJ 407 2 Há muitas coisas que exigem o tempo, as afeições e a força dos jovens. Satanás reclama a juventude como sua propriedade, e um grande número atribui a ele toda a habilidade, todo o talento que possuem. O mundo quer o seu coração jovem; mas esse coração pertence Àquele que o salvou. Se for entregue ao mundo, será enchido de preocupação, tristeza e esperanças frustradas; se tornará impuro e corrompido. Seria o pior tipo de roubo dar ao mundo as afeições de seu coração e serviço, porque pertencem a Deus. Você não pode entregar o coração à busca dos prazeres e ainda ter vantagens. MJ 407 3 O inimigo da justiça tem todo tipo de prazer preparado para os jovens em todas as circunstâncias da vida; e elas não se apresentam apenas nas grandes cidades, mas em todo lugar habitado por seres humanos. Satanás gosta muito de prender os jovens em suas fileiras como soldados. O arquiinimigo sabe bem com que material tem de lidar; e tem exibido sua sabedoria infernal em inventar costumes e prazeres que separarão as afeições dos jovens de Jesus Cristo. ... O pródigo MJ 408 1 A lição do pródigo foi dada para o ensino dos jovens. Em sua vida de prazer e condescendência pecaminosa, ele gastou a herança numa vida desregrada. Acabou sem amigos e em um país estranho; mal vestido, faminto, desejando até mesmo a comida dada aos porcos. Sua última esperança foi retornar, arrependido e humilhado, à casa de seu pai, onde foi bem recebido, perdoado e novamente aceito pelo pai. Muitos jovens estão fazendo como ele, vivendo uma vida descuidada, amante dos prazeres, esbanjadora, abandonando a fonte de águas vivas, do verdadeiro prazer, e cavando para si poços rachados, que não podem reter água. O convite de Deus MJ 408 2 O convite de Deus atinge a cada jovem: "Meu filho, entregue-Me seu coração; Eu o conservarei puro; satisfarei os anseios dele com verdadeira felicidade." Deus Se alegra em tornar os jovens felizes, e é por isso que deseja que Lhe entreguem o coração para guardar, para que todas as habilidades concedidas por Ele possam manter-se em condições vigorosas e saudáveis. Estão de posse do dom de Deus, que é a vida. Ele faz o coração pulsar; dá força a cada capacidade. A pura alegria não deprecia nenhum dos dons de Deus. Pecamos contra nosso próprio corpo, e pecamos contra Deus quando buscamos prazeres que separam nossas afeições de Deus. Os jovens devem considerar que são colocados no mundo para uma prova, para mostrar se têm caráter que os habilite para viver com os anjos. MJ 409 1 Quando os seus companheiros insistem para que você siga os caminhos do vício e da loucura, e todos os que o rodeiam o tentam a esquecer-se de Deus, a destruir as habilidades que Ele lhe confiou, e depreciar tudo o que é nobre em sua natureza, fique firme. Lembre-se de que você é propriedade do Senhor, comprada por preço alto -- o sofrimento e a agonia do Filho de Deus. ... MJ 409 2 O Senhor Jesus reclama seu serviço. Ele o ama. Antes de duvidar de Seu amor, olhe para o Calvário. A luz refletida da cruz vai lhe mostrar a grandeza daquele amor que língua alguma pode traduzir. "A pessoa que aceita e obedece aos Meus mandamentos prova que Me ama." João 14:21. Devemos nos familiarizar com os mandamentos de Deus através de cuidadoso estudo; e então mostrar que somos Seus filhos e filhas obedientes. Circundado pela misericórdia MJ 409 3 As misericórdias de Deus nos cercam a cada momento; e seria proveitoso considerar como e de onde provêm as bênçãos de todo dia. Que as preciosas bênçãos de Deus despertem a nossa gratidão. Não podemos enumerar as bênçãos de Deus, a constante e amorosa bondade, pois são tão numerosas como as refrescantes gotas da chuva. Nuvens de misericórdia pairam sobre nós, prontas a cair. Se apreciarmos o valioso dom da salvação, seremos sensíveis ao refrigério diário, à proteção e amor de Jesus; e seremos guiados no caminho de paz. MJ 410 1 Considere as gloriosas coisas de Deus na natureza, e permita que o coração se encha de gratidão ao Doador. Há, no livro da natureza, estudo proveitoso para a mente. Não seja mal-agradecido e indiferente. Abra os olhos do entendimento; veja a bela harmonia nas leis de Deus na natureza, e tema e reverencie o seu Criador, o supremo Governador do Céu e da Terra. Veja-O, com os olhos da fé, inclinado com amor sobre você, dizendo com ternura: "Meu filho, Minha filha, dê-Me o seu coração." Entregue-se a Jesus e, então, com coração agradecido, diga: "Sei que meu Redentor vive." A sua fé em Jesus dará força a todo propósito e firmeza ao caráter. MJ 410 2 Toda felicidade, paz, alegria e sucesso nesta vida dependem de verdadeira e confiante fé em Deus. Essa fé inspirará verdadeira obediência aos mandamentos de Deus. Seu conhecimento e fé em Deus é o mais poderoso freio contra toda má prática e o motivo de todo bem. MJ 410 3 Creia em Jesus como Alguém que perdoa seus pecados, que deseja que você seja feliz nas mansões que Ele foi preparar. Ele deseja que você viva em Sua presença; tenha vida eterna e uma coroa de glória. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1887. ------------------------Capítulo 139 -- Bênção ou maldição MJ 411 1 É inevitável que os jovens façam amizades, e fatalmente sentirão a influência delas. Há misteriosos laços que unem as pessoas entre si, de modo que o coração de uma responde ao coração da outra. Um capta as idéias, os sentimentos, o espírito do outro. Essa amizade pode ser uma bênção ou uma maldição. Os jovens podem ajudar e fortalecer uns aos outros, melhorando no comportamento, no temperamento, no conhecimento; ou, se permitem a si mesmos tornar-se negligentes e infiéis, podem exercer uma influência desmoralizadora. MJ 411 2 A questão da escolha de amizades é algo que os alunos devem aprender a considerar com seriedade. Entre os jovens que frequentam nossas escolas sempre haverá duas classes -- os que procuram agradar a Deus e obedecer aos professores, e os que estão cheios de um espírito rebelde. Se os jovens seguem a multidão para fazer o mal, sua influência é colocada ao lado do inimigo; desencaminharão aqueles que não têm nutrido princípios de inabalável fidelidade. MJ 411 3 Com razão se tem dito: "Dize-me com quem andas, e te direi quem és." O jovem não percebe o quanto seu caráter e reputação são afetados pela escolha de suas amizades. A pessoa busca a companhia daqueles cujos gostos, hábitos e práticas são parecidos com os seus. Os que preferem a companhia dos ignorantes e viciados à dos sábios e bons mostram que seu próprio caráter é defeituoso. A princípio, seus gostos e hábitos podem ser totalmente diferentes daqueles cuja companhia procuram; mas, à medida que se misturam com essa classe, seus pensamentos e sentimentos mudam; sacrificam os princípios corretos e, insensivelmente, mas de maneira inevitável, descem ao nível de suas amizades. Como uma corrente sempre participa das propriedades do solo que atravessa, assim os princípios e hábitos dos jovens tomam invariavelmente a cor do caráter de suas companhias. ... A medida da resistência MJ 412 1 A resistência do caráter consiste em duas coisas -- força de vontade e domínio de si próprio. Muitos jovens confundem paixões fortes e não controladas com firmeza de caráter; mas a verdade é que aquele que é governado por suas paixões é um fraco. A verdadeira grandeza e nobreza do homem é medida por sua capacidade de vencer os próprios sentimentos, e não pela capacidade desses sentimentos para vencê-lo. O homem mais forte é aquele que, embora sensível à ofensa, ainda refreia a paixão e perdoa aos inimigos. MJ 412 2 Deus nos deu capacidade intelectual e moral; mas, em grande medida, cada um é o arquiteto de seu próprio caráter. Cada dia a estrutura mais se aproxima do final. A Palavra de Deus nos adverte a prestar atenção quanto à maneira como construímos, para ver se nosso edifício está fundado na Rocha eterna. Aproxima-se o tempo em que nossa obra se revelará tal como é. Agora é o tempo para todos cultivarem as faculdades que Deus lhes deu, para que formem caráter aproveitável aqui e para uma vida mais elevada no futuro. MJ 413 1 A fé em Cristo como Salvador pessoal dará firmeza e solidez ao caráter. Os que têm genuína fé em Cristo serão sensatos, lembrando-se de que os olhos de Deus estão sobre eles, que o Juiz de todos os homens está pesando os valores morais, que os seres celestes estão observando para ver que tipo de caráter está sendo desenvolvido. MJ 413 2 A razão por que os jovens cometem erros tão graves é que não aprendem com a experiência dos que já viveram mais que eles. Os alunos não podem ridicularizar as advertências e instruções de pais e professores. Devem guardar cada lição, compreendendo ao mesmo tempo sua necessidade de ensino mais profundo que qualquer ser humano pode lhes dar. Quando Cristo habita no coração pela fé, Seu Espírito Se torna uma força para purificar e dar vida à pessoa. A verdade no coração não pode deixar de exercer influência corretiva sobre o viver. ... MJ 413 3 Lembrem-se os alunos que estão longe de casa, não mais sob a direta influência dos pais, de que o olhar do Pai celeste está sobre eles. Ele ama os jovens. Conhece suas necessidades, compreende suas tentações. Vê neles grandes possibilidades e está pronto a ajudá-los a alcançar o mais elevado padrão, caso reconheçam suas necessidades e busquem nEle o auxílio. MJ 413 4 Estudante, noite e dia as orações de seus pais sobem a Deus em favor de você; dia a dia seu amorável interesse o acompanha. Ouça suas súplicas e advertências, e decida que, por todos os meios ao seu alcance, se colocará acima do mal que o circunda. Você não tem idéia de quão traiçoeiramente o inimigo trabalhará para corromper-lhe a mente e os hábitos, e desenvolver em você princípios incorretos. MJ 414 1 Você talvez não veja o perigo real ao dar o primeiro passo na futilidade e na busca do prazer, e pense que quando desejar mudar de atitude será capaz de proceder corretamente com tanta facilidade como antes de se entregar ao mal. Mas isso é um engano. Pela escolha de más companhias, muitos têm sido desviados, passo a passo, do caminho da virtude para os abismos da desobediência e libertinagem em que antes achariam impossível imergir. MJ 414 2 O aluno que se rende à tentação enfraquece sua influência para o bem, e aquele que, por um procedimento errado, se torna agente do inimigo deve prestar contas a Deus pela parte que desempenhou em pôr pedra de tropeço no caminho de outros. Por que os estudantes se uniriam ao grande apóstata? Por que se tornariam instrumentos para tentar a outros? Por que, em vez disso, não estudariam para ajudar e animar seus colegas e professores? É seu privilégio auxiliar os professores a levar os fardos e enfrentar as dificuldades que Satanás desejaria tornar desanimadoramente pesadas e difíceis. Podem criar uma atmosfera benéfica e animadora. Todo estudante pode experimentar a consciência de estar ao lado de Cristo, mostrando respeito pela ordem, diligência e obediência, e recusando-se a dar o mínimo que seja de sua capacidade ou influência ao grande inimigo de tudo quanto é bom e que eleva. MJ 415 1 O estudante que tem conscienciosa consideração pela verdade e uma verdadeira concepção do dever pode fazer muito no sentido de influenciar os colegas na direção de Cristo. Os jovens que estão unidos ao Salvador não serão indisciplinados; não considerarão egoistamente o prazer e satisfação próprios. Porque são um com Cristo em espírito, serão um com Ele em ação. Os estudantes mais velhos de nossas escolas devem lembrar-se de que está em seu poder moldar os hábitos e práticas dos alunos mais novos; e deveriam aproveitar ao máximo cada oportunidade de o fazer. Decidam esses estudantes não entregar seus companheiros nas mãos do inimigo através de sua influência. MJ 415 2 Jesus ajudará a todos os que confiarem nEle. Os que estão ligados com Cristo têm felicidade ao seu dispor. Seguem o caminho que o Salvador mostra, crucificando por amor dEle a natureza humana, com suas inclinações e desejos. Eles firmaram suas esperanças em Cristo, e as tempestades da Terra não têm poder para movê-los do firme fundamento. Digno de confiança MJ 415 3 Cabe a vocês, moços e moças, decidir se se tornarão dignos de confiança e fiéis, prontos e decididos a ficar do lado certo, não importem as circunstâncias. Desejam formar bons hábitos? Então busquem a companhia dos que têm moral firme e cujo objetivo tende ao bem. As preciosas horas do tempo de graça lhes são concedidas para que possam remover cada defeito de caráter, e vocês devem procurar fazer isto, não apenas para obter a vida futura, mas para que sejam úteis nesta vida. O bom caráter é um capital mais valioso do que o ouro e a prata. Não é afetado por crises nem fracassos, e no dia em que as riquezas terrestres forem destruídas, ele apresentará frutos abundantes. Integridade, firmeza e perseverança são qualidades que todos devem diligentemente cultivar; porque elas revestem seu possuidor de um poder irresistível -- um poder que o torna forte para fazer o bem, forte para resistir ao mal, forte para suportar a adversidade. MJ 416 1 O amor à verdade e um senso da responsabilidade de glorificar a Deus são o mais poderoso dos incentivos para o aperfeiçoamento do intelecto. Com esse estímulo à ação, o estudante não pode ser leviano. Estará sempre atento. Estudará como se estivesse sob as vistas de Deus, sabendo que todo o Céu está empenhado na obra de sua educação. Ele se tornará nobre de espírito, generoso, bondoso, cortês, semelhante a Cristo, eficiente. Coração e mente trabalharão em harmonia com a vontade de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 220-226. ------------------------Capítulo 140 -- A influência MJ 417 1 A vida de Cristo foi uma influência sempre crescente e ilimitada, uma influência que O ligava a Deus e a toda a família humana. Através de Cristo, Deus conferiu ao homem uma influência que lhe torna impossível viver para si próprio. Individualmente estamos ligados com nossos semelhantes, parte da grande família de Deus, e temos obrigações mútuas. Nenhum homem pode ser independente de seu próximo, porque o bem-estar de cada um afeta a outros. É propósito de Deus que cada um se sinta essencial ao bem-estar dos outros, e procure promover a sua felicidade. MJ 417 2 Toda pessoa está circundada por uma atmosfera própria. Essa atmosfera pode estar cheia do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança e perfumada com a fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com a sombra do descontentamento e egoísmo, ou envenenada com o contato mortal de um pecado acariciado. Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem entramos em contato é consciente ou inconscientemente afetada. Nossa responsabilidade MJ 417 3 Há uma responsabilidade da qual não podemos nos livrar. Nossas palavras, nossos atos, nosso traje, nosso comportamento, até a expressão do rosto, têm influência. Da impressão assim causada dependem conseqüências para o bem ou para o mal que ninguém pode calcular. Cada impulso assim comunicado é uma semente que produzirá sua colheita. É um elo na longa cadeia de eventos humanos, que não sabemos até onde se estende. Se por nosso exemplo ajudamos outros na formação de bons princípios, ampliamos sua capacidade de fazer o bem. Eles, por sua vez, exercem a mesma influência sobre outros, e estes ainda sobre terceiros. Assim, por nossa influência inconsciente, milhares podem ser abençoados. MJ 418 1 Atire uma pedra num lago, e forma-se uma onda; e a ela se seguem outras; e, à medida que elas aumentam, o círculo se amplia até alcançar a margem. Assim é nossa influência. Além do nosso conhecimento ou controle, ela se torna uma bênção ou maldição para os outros. MJ 418 2 O caráter é um poder. O testemunho silencioso de uma vida honesta, desinteressada e piedosa exerce influência quase irresistível. Ao revelar o caráter de Cristo em nossa própria vida, cooperamos com Ele na obra de salvar pessoas. Somente revelando Seu caráter em nossa vida é que podemos cooperar com Ele. MJ 418 3 E quanto maior a esfera de nossa influência, maior bem podemos fazer. Quando os que dizem servir a Deus seguirem o exemplo de Cristo, praticando os princípios da lei em sua vida diária, quando todos os seus atos testemunharem de que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos, então a igreja terá poder para abalar o mundo. -- Parábolas de Jesus, 339, 340. ------------------------Capítulo 141 -- Fazendo escolhas MJ 419 1 Devemos escolher a convivência mais favorável ao nosso progresso espiritual, aproveitando-nos de todo auxílio ao nosso alcance, pois Satanás colocará muitos obstáculos para tornar nossa marcha em direção ao Céu o mais difícil possível. Talvez sejamos colocados em posições difíceis, pois muitos não podem ter o ambiente que gostariam; mas não devemos nos expor voluntariamente às influências desfavoráveis à formação do caráter cristão. Quando o dever nos chama a fazer isso, devemos vigiar e orar em dobro, para que, através da graça de Cristo, permaneçamos íntegros. MJ 419 2 Ló escolheu Sodoma como residência porque olhou mais para as vantagens temporais que obteria do que para as influências morais que cercariam a ele e a sua família. O que lucrou ele quanto aos bens deste mundo? Seus bens foram destruídos, parte de seus filhos morreu na destruição daquela ímpia cidade, sua esposa se tornou em estátua de sal no caminho, e ele mesmo foi salvo "como pelo fogo". 1 Coríntios 3:15. E os maus resultados de sua escolha egoísta não terminaram aí; a corrupção moral do lugar havia se misturado tanto com o caráter de seus filhos, que não podiam discernir entre o bem e o mal, entre o pecado e a justiça. -- The Signs of the Times, 29 de Maio de 1884. ------------------------Capítulo 142 -- A regra de ouro MJ 420 1 Ao associar-se com outros, coloque-se no lugar deles. Demonstre interesse por seus sentimentos, suas dificuldades, decepções, alegrias e tristezas. Identifique-se com eles, e depois faça para eles o que, se trocassem de lugar, você gostaria que eles fizessem para você. Essa é a verdadeira regra da honestidade. É outra expressão da lei: "Ame aos outros como você ama a você mesmo." Mateus 22:39. E essa é a essência dos ensinos dos profetas. É um princípio do Céu, e será desenvolvido em todos os que estiverem habilitados a participar de sua santa convivência. MJ 420 2 Essa regra de ouro é o princípio da verdadeira cortesia, e sua mais genuína ilustração é vista na vida e no caráter de Jesus. Oh, que raios de suavidade e beleza resplandeciam da vida diária de nosso Salvador! Que doçura exalava só de Sua presença! O mesmo espírito se revelará em Seus filhos. Aqueles em quem Cristo habita serão circundados de uma atmosfera divina. Suas brancas vestes de pureza exalarão o perfume do jardim do Senhor. Seus rostos refletirão a luz do rosto dEle, iluminando o caminho para pés cansados e vacilantes. MJ 420 3 Homem algum que tenha o verdadeiro ideal do que constitui um caráter perfeito deixará de manifestar a simpatia e ternura de Cristo. A influência da graça deve suavizar o coração, refinar e purificar os sentimentos, dando uma delicadeza e um senso de correção de origem celeste. -- O Maior Discurso de Cristo, 134, 135. ------------------------Capítulo 143 -- Alta qualidade MJ 421 1 O Senhor Jesus exige que reconheçamos os direitos de cada ser humano. Seus direitos sociais e seus direitos como cristãos devem ser levados em consideração. Todos devem ser tratados com amabilidade e delicadeza, como filhos e filhas de Deus. MJ 421 2 O cristianismo torna as pessoas bem-educadas. Cristo era cortês até com os Seus perseguidores; e Seus verdadeiros seguidores manifestarão o mesmo espírito. Olhe para Paulo quando levado perante os governantes. Seu discurso diante de Agripa é um exemplo de verdadeira cortesia, assim como de persuasiva eloquência. O evangelho não incentiva a polidez formal comum no mundo, mas a cortesia que provém de um coração cheio de bondade. MJ 421 3 O mais cuidadoso cultivo das qualidades externas da vida não é suficiente para excluir toda irritabilidade, julgamentos duros e palavras inconvenientes. O verdadeiro refinamento nunca se revelará enquanto o eu for considerado como o objeto supremo. O amor deve residir no coração. O verdadeiro cristão age movido pelo profundo amor ao Mestre. Do amor a Cristo brota o verdadeiro interesse por seus irmãos. O amor comunica graça, decência e beleza de conduta. Ilumina a fisionomia e suaviza a voz; refina e eleva todo o ser. -- A Ciência do Bom Viver, 489, 490. A verdadeira cortesia MJ 422 1 Há grande necessidade de que homens e mulheres que têm conhecimento da vontade de Deus aprendam a tornar-se trabalhadores bem-sucedidos em Sua causa. Devem ser pessoas educadas, inteligentes, não com o falso brilho exterior e sorriso fingido dos mundanos, mas com aquele refinamento e verdadeira cortesia que lembram o Céu, e que todo cristão possuirá se for participante da natureza divina. A falta de verdadeira dignidade e refinamento cristãos entre os observadores do sábado depõe contra nós como um povo, tornando sem sabor a verdade que professamos. A obra de educar a mente e as maneiras pode ser levada à perfeição. Se os que professam a verdade não aproveitam agora seus privilégios e oportunidades para crescer até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus, não honrarão a causa da verdade, nem honrarão a Cristo. -- Testemunhos Para a Igreja 4:358, 359. A escolha de amigos MJ 422 2 Os jovens que estão em harmonia com Cristo escolherão amigos que os ajudem a proceder bem, e evitarão amizades que não contribuem para o desenvolvimento de princípios corretos e propósitos nobres. Em todos os lugares se encontram jovens cuja mente é moldada numa forma inferior. Quando postos em contato com essa classe, os que se colocaram sem reservas ao lado de Cristo permanecerão firmes em favor daquilo que a razão e a consciência lhes indicam ser o direito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 226. ------------------------Capítulo 144 -- As más companhias MJ 423 1 Os jovens devem considerar seriamente qual será o propósito e a obra de sua vida, e lançar os fundamentos de tal maneira que seus hábitos sejam livres de quaisquer manchas de corrupção. Se desejam ocupar uma posição em que influenciem outros, precisam confiar em si mesmos. MJ 423 2 O lírio do lago firma as raízes profundamente abaixo da superfície de lixo e lodo e, através do caule poroso, extrai as propriedades que ajudarão em seu desenvolvimento, trazendo à luz a imaculada flor que repousa em pureza na superfície do lago. Rejeita tudo que mancharia e estragaria sua imaculada beleza. MJ 423 3 Podemos aprender uma lição do lírio e, embora rodeados de influências que tenderiam a corromper a moral e atrair a ruína, podemos recusar ser corrompidos, colocando-nos onde as más companhias não pervertam nosso coração. Individualmente os jovens devem procurar unir-se aos que estejam trabalhando em direção ascendente com passos firmes. Devem evitar a companhia dos que estejam absorvendo toda má influência, que são inativos e sem diligente desejo de atingir o elevado padrão de caráter, e em quem não se pode confiar como pessoas que sejam fiéis aos princípios. Que os jovens façam amizade com aqueles que temem e amam a Deus; pois esses nobres e firmes caracteres são representados pelo lírio que abre suas puras flores na superfície do lago. Recusam ser moldados pelas influências que desmoralizam, e unem a si unicamente o que ajudará no desenvolvimento de um caráter puro e nobre. Procuram conformar-se com o modelo divino. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893. Nossas palavras, uma fonte de auxílio MJ 424 1 Há pouca conversa entre os cristãos a respeito dos preciosos capítulos de sua experiência religiosa. A obra divina é prejudicada e Deus é desonrado pelo abuso do talento da linguagem. Ciúmes, suspeitas ruins e egoísmo são acariciados no coração, e as palavras mostram a corrupção interior. Muitos que proferem o nome de Cristo fazem mau juízo e falam mal dos outros. Essas pessoas raramente mencionam a bondade, a misericórdia e o amor de Deus, manifestos na dádiva de Seu Filho em favor do mundo. Isso Ele fez por nós, e não deveríamos expressar nosso amor e gratidão? Não deveríamos nos esforçar para tornar nossas palavras uma fonte de auxílio e ânimo uns para os outros em nossa experiência cristã? Se realmente amamos a Cristo, O glorificaremos através de nossas palavras. Muitas vezes os infiéis são convencidos ao escutar palavras sinceras de louvor e gratidão a Deus. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1898. Nossa influência MJ 424 2 O próprio exemplo e conduta, da mesma maneira que as palavras do cristão, devem despertar no pecador o desejo de buscar a Fonte da vida. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1887. ------------------------Capítulo 145 -- Nível elevado MJ 425 1 Nem sempre os mais bem-educados em ciência são os instrumentos mais eficientes para uso de Deus. Há muitos que se colocam de lado, e os que tiveram menos vantagens de obter conhecimento dos livros lhes tomam o lugar, porque possuem conhecimento prático das coisas essenciais no uso diário da vida; enquanto que aqueles que se consideram instruídos deixam muitas vezes de ser alunos, são auto-suficientes, e acham que não precisam de ensino, mesmo de Jesus, o maior Mestre que o mundo já conheceu. MJ 425 2 Os que cresceram e se expandiram, cujas faculdades de raciocínio se têm desenvolvido mediante profunda pesquisa das Escrituras, a fim de saberem a vontade de Deus, atingirão posições de utilidade, porque a Palavra de Deus teve acesso à sua vida e caráter. Ela deve fazer sua própria obra, até alcançar o íntimo e discernir os pensamentos e intenções do coração. A Palavra de Deus deve se tornar o alimento pelo qual o cristão deve se fortalecer, no espírito e no intelecto, para que possa lutar pela verdade e justiça. A razão das normas baixas MJ 425 3 Por que os nossos jovens, e mesmo os de mais idade, são tão facilmente induzidos à tentação e ao pecado? Porque a Palavra de Deus não é estudada e meditada como deveria ser. Se fosse apreciada, haveria uma integridade interior, um poder de espírito, que resistiria às tentações de Satanás para fazer o mal. Firme e decidida força de vontade não é desenvolvida na vida e no caráter porque as sagradas instruções não se tornam objeto de estudo e meditação. Não se faz o esforço que deveria ser feito para ligar a mente a pensamentos puros e santos, desviando-a do que é impuro e falso. Não se faz a escolha da melhor parte, de sentar-se aos pés de Jesus, como fez Maria, para aprender as mais sagradas lições do divino Mestre, para que sejam guardadas no coração e praticadas na vida diária. A meditação nas coisas santas elevará e refinará a mente, e formará homens e mulheres cristãos. MJ 426 1 Deus não aceitará nenhum de nós que esteja menosprezando suas faculdades em degradações sensuais e terrenas, por pensamentos, palavras ou ações. O Céu é um lugar puro e santo, onde ninguém pode entrar a menos que seja refinado, espiritualizado, limpo e purificado. Há uma obra a fazer por nós mesmos, e só seremos capazes de fazê-la se recebermos força de Jesus. Devemos fazer da Bíblia nosso estudo, acima de todos os outros livros; e ela deve ser amada e obedecida como a voz de Deus. Devemos ver e compreender Suas restrições e exigências -- "farás" e "não farás" -- e perceber o verdadeiro significado da Palavra de Deus. Mente espiritual MJ 426 2 Quando a Palavra de Deus se torna o nosso conselheiro e examinamos as Escrituras à procura de luz, anjos do Céu se aproximam para impressionar a mente e iluminar o entendimento, de modo que se possa verdadeiramente dizer: "A explicação da Tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples." Salmos 119:130. Não admira que não haja mais espiritualidade entre os jovens que professam o cristianismo, quando tão pouca atenção é dada à Palavra de Deus. Os conselhos divinos não são atendidos; as advertências não são obedecidas; graça e sabedoria celeste não são buscadas para que os pecados antigos sejam evitados e todo vestígio de corrupção seja eliminado do caráter. A oração de Davi era: "Ajuda-me a compreender as Tuas leis, e eu meditarei nos Teus maravilhosos ensinamentos." Salmos 119:27. MJ 427 1 Se a mente de nossos jovens, bem como a dos de mais idade, fosse devidamente dirigida quando juntos, sua conversação seria sobre assuntos elevados. Quando a mente é pura e os pensamentos elevados pela verdade de Deus, as palavras serão do mesmo caráter, "como maçãs de ouro em salvas de prata". Provérbios 25:11. Mas com a compreensão e as práticas atuais, com o baixo padrão com que mesmo professos cristãos estão satisfeitos, a conversa é vulgar e inútil. É terrena, e não agrada ao Céu, nem atinge sequer o nível das classes mais cultas de mundanos. O processo de santificação MJ 427 2 Quando Cristo e o Céu são os temas de reflexão, a conversa demonstrará isso. Ela será temperada com graça, e quem fala revelará que tem aprendido na escola do divino Mestre. Diz o salmista: "Eu escolhi o caminho da fidelidade e tenho dado atenção às Tuas ordens." Salmos 119:30. Ele dava grande valor à Palavra de Deus. Ela entrava em sua mente, não para ser desconsiderada, mas para ser colocada em prática na vida. ... MJ 428 1 Dia a dia, hora a hora, deve haver um vigoroso processo de abnegação e santificação interior; e então as obras exteriores demonstrarão que Jesus habita no coração pela fé. A santificação não fecha as entradas da alma ao conhecimento, mas expande a mente e a inspira a buscar a verdade, como a tesouro escondido; e o conhecimento da vontade de Deus promoverá a obra de santificação. Há um Céu, e devemos nos esforçar com todo o empenho para alcançá-lo. MJ 428 2 Apelo aos alunos de nossas escolas e colégios a crerem em Jesus como seu Salvador. Acreditem que Ele está pronto para ajudá-los por Sua graça, quando vierem a Ele em sinceridade. Vocês devem combater o bom combate da fé. Devem lutar pela coroa da vida. Esforcem-se, pois as garras de Satanás estão sobre vocês; e se não se desvencilharem dEle, serão paralisados e arruinados. O inimigo está à direita e à esquerda, na frente e atrás e vocês devem esmagá-lo com os pés. Esforcem-se, pois há uma coroa a ser alcançada. Esforcem-se, porque se não conquistarem a coroa, perderão tudo nesta vida e na futura. Esforcem-se, mas que isso aconteça no poder de seu Salvador ressuscitado. -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1888. Ver também Fundamentos da Educação Cristã, 129-137. ------------------------Capítulo 146 -- Tentação MJ 429 1 Um pouco de tempo semeando joio, querido amigo jovem, produzirá uma colheita que tornará sua vida inteira amarga; uma hora de desatenção -- o ceder uma vez à tentação -- pode desviar todo o curso de sua vida para a direção errada. Você não pode ser jovem senão uma vez; torne essa juventude útil. Uma vez que você passou pelo caminho, não poderá retornar para corrigir seus erros. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus e se coloca no caminho da tentação certamente cairá. MJ 429 2 Deus está provando cada jovem. Muitos têm desculpado sua negligência e irreverência por causa do mau exemplo dado a eles pelos professos crentes mais experientes. Mas isso não deveria impedir pessoa alguma de fazer o bem. No dia do acerto final, você não poderá usar essas desculpas, como faz agora. Será condenado com justiça, porque sabia o caminho, mas não escolheu andar nele. MJ 429 3 Satanás, esse arquienganador, se transforma em anjo de luz, e se aproxima dos jovens com tentações ilusórias, e é bem-sucedido em desviá-los, passo a passo, do caminho do dever. Ele é descrito como um acusador, enganador, mentiroso, atormentador e assassino. "Quem continua pecando pertence ao diabo." 1 João 3:8. Cada desobediência condena a pessoa e provoca o desagrado divino. Deus conhece as intenções do coração. Quando pensamentos impuros são acariciados, não precisam ser expressos por palavras ou atos para consumar o pecado e trazer condenação à pessoa. Sua pureza é manchada e o tentador venceu. MJ 430 1 Todo homem é tentado quando atraído e seduzido por seus próprios desejos. É desviado do caminho da virtude e do verdadeiro bem ao seguir suas próprias inclinações. Se os jovens possuíssem integridade moral, as mais poderosas tentações não teriam efeito sobre eles. É a obra de Satanás tentá-los, mas submeter-se a ele depende de vocês. Todas as hostes satânicas não têm o poder de forçar o tentado a transgredir. Não há desculpa para o pecado! MJ 430 2 Enquanto alguns jovens estão desperdiçando suas energias em vaidade e tolices, outros estão disciplinando a mente, acumulando conhecimento, revestindo-se da armadura para empenhar-se na batalha da vida, decididos a torná-la um sucesso. Mas não poderão, no entanto, ter sucesso na vida, por mais alto que tentem subir, a menos que centralizem em Deus suas afeições. Se eles se voltarem para o Senhor de todo o coração, rejeitando a bajulação daqueles que desejam no mínimo grau enfraquecer-lhes o propósito de proceder corretamente, terão força e confiança em Deus. Divertimentos fúteis MJ 430 3 Os que amam a vida social freqüentemente condescendem com esse traço até que ele se torna uma paixão dominante. Vestir-se, ir a lugares de diversão, rir e conversar sobre assuntos totalmente superficiais tornam-se o objetivo de sua vida. Não podem suportar ler a Bíblia e meditar nas coisas celestiais. Sentem-se infelizes, a menos que haja algo que traga agitação. Não possuem em si mesmos o poder de ser felizes; mas dependem da companhia de outros jovens tão imprudentes e indiferentes como eles para alcançar sua felicidade. Entregam à insensatez as energias que poderiam ser dirigidas para nobres propósitos. ... MJ 431 1 O jovem que encontra alegria e felicidade na leitura da Palavra de Deus e na oração é constantemente revigorado pelo beber da Fonte da vida. Atingirá uma excelência moral e uma amplitude de pensamentos que outros não podem imaginar. A comunhão com Deus estimula bons pensamentos, nobres aspirações, percepções claras da verdade e altos propósitos de ação. Os que assim ligam o coração a Deus são reconhecidos por Ele como Seus filhos e filhas. Estão continuamente subindo mais alto, obtendo mais clara visão de Deus e da eternidade, até que o Senhor os torna canais de luz e sabedoria para o mundo. ... MJ 431 2 Os que permanecerem em Jesus serão felizes, animados e alegres em Deus. Sua voz será delicada, manifestarão em suas ações reverência pelas coisas espirituais e eternas e de seus lábios sairá música, música agradável, porque vem do trono de Deus. Esse é o mistério da piedade, não facilmente explicado, mas nem por isso menos experimentado e desfrutado. Um coração orgulhoso e rebelde pode fechar as portas a todas as doces influências da graça de Deus e a toda alegria no Espírito Santo; mas os caminhos da sabedoria são agradáveis e todas as suas veredas são paz. Quanto mais intimamente estivermos ligados a Cristo, mais nossas palavras e ações demonstrarão o poder suavizante e transformador de Sua graça. -- Testemunhos Para a Igreja 4:622-626. ------------------------Capítulo 147 -- Visitantes descrentes MJ 432 1 Não é seguro para os cristãos escolher a companhia daqueles que não estão ligados a Deus e cuja maneira de viver Lhe desagrada. No entanto, quantos que se dizem cristãos se aventuram em terreno proibido. Muitos convidam para sua casa parentes fúteis e ímpios; e muitas vezes o exemplo e a influência desses visitantes descrentes produzem impressões duradouras na mente das crianças da casa. A influência que exercem é semelhante à que resultou do convívio dos israelitas com os ímpios cananeus. ... MJ 432 2 Muitos acham que precisam fazer algumas concessões para agradar aos parentes e amigos descrentes. Como nem sempre é fácil estabelecer o limite, uma concessão prepara o caminho para outra, até que os que antes eram verdadeiros seguidores de Cristo moldam a vida e o caráter segundo os costumes do mundo. A ligação com Cristo é interrompida. São cristãos apenas de nome. Quando vem o momento da prova, então se vê que sua esperança não tem fundamento. Venderam a si mesmos e a seus filhos ao inimigo. Desonraram a Deus e, na revelação de Seus justos juízos, colherão o que semearam. Cristo lhes dirá, como disse ao Israel antigo: "Vocês não fizeram o que Eu disse. Em vez disso, vejam o que fizeram!" Juízes 2:2. -- The Signs of the Times, 2 de Junho de 1881. MJ 434 1 O vínculo de família é o mais íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção à humanidade. E assim o é sempre que se entre para o pacto matrimonial inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em devida consideração as suas responsabilidades. -- A Ciência do Bom Viver, págs. 356 e 357. ------------------------Capítulo 148 -- Amor verdadeiro MJ 435 1 O amor é um precioso dom que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo verdadeiro amor não são irracionais ou cegos. Ensinados pelo Espírito Santo, amam a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmos. MJ 435 2 Os que pretendem casar-se devem avaliar todo sentimento e observar todo traço de caráter naquele com quem desejam unir sua vida. Cada passo em direção do casamento deve ser caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade e pelo sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. Um cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. Buscando conselho MJ 435 3 Se você foi abençoado com pais tementes a Deus, peça conselhos deles. Exponha a eles suas esperanças e planos, aprenda as lições de suas experiências da vida, e será poupado de muita dor. Acima de tudo, faça de Cristo seu conselheiro. Estude Sua Palavra com oração. MJ 435 4 Sob essa guia, aceite a jovem como companheiro de vida tão-somente aquele que possua traços de caráter puros e nobres, que seja diligente, honesto e ousado em suas aspirações, que ame e tema a Deus. Que o jovem procure para ficar ao seu lado alguém que esteja habilitada a assumir sua parte nas responsabilidades da vida, cuja influência o enobreça e refine, e que o faça feliz com seu amor. MJ 436 1 "Só Deus pode dar uma esposa sensata." Provérbios 19:14. "O seu marido confia nela. ... Em todos os dias da sua vida, ela só lhe faz o bem e nunca o mal." Provérbios 31:11, 12. "Fala com sabedoria e delicadeza. Ela nunca tem preguiça e está sempre cuidando da sua família. Os seus filhos a respeitam e falam bem dela, e o seu marido a elogia. Ele diz: 'Muitas mulheres são boas esposas, mas você é a melhor de todas." Provérbios 31:26-29. O que consegue uma esposa assim, "encontra a felicidade: recebeu uma bênção de Deus, o Senhor". Provérbios 18:22. -- A Ciência do Bom Viver, 358, 359. Escolha de companheiros MJ 436 2 Os jovens cristãos devem ter muito cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidem, para que isso que agora acham ser ouro puro não se transforme em metal sem valor. As amizades mundanas tendem a atrapalhar o serviço a Deus, e muitas pessoas são arruinadas por uniões infelizes, seja nos negócios ou no casamento, com aqueles que nunca poderão elevar ou enobrecer. O povo de Deus nunca deve aventurar-se a pisar em terreno proibido. O casamento entre crentes e incrédulos é proibido por Deus. Mas muitas vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos e realizam-se casamentos não aprovados por Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 500. ------------------------Capítulo 149 -- O que evitar no namoro MJ 437 1 A falta de firmeza e abnegação em seu caráter é um sério obstáculo para obter uma experiência religiosa verdadeira, que não seja como a areia movediça. A firmeza e a integridade de propósito devem ser cultivadas. Essas qualidades são positivamente necessárias para uma vida cristã vitoriosa. Se tiver integridade de coração, você não será desviado do caminho certo. Nenhum motivo será suficiente para movê-lo da linha reta do dever; você será leal e verdadeiro para com Deus. As súplicas da afeição e do amor, o desejo de amizades não o levarão a desviar-se da verdade e do dever; não abrirá mão do dever por causa da inclinação. MJ 437 2 Se você, meu irmão, está tentado a unir seu interesse de vida a uma menina jovem e inexperiente, que realmente não foi educada nos deveres práticos e comuns da vida, você comete um erro; mas isso é pouco comparado com a ignorância dela a respeito de seu dever para com Deus. Ela tem recebido conhecimento e privilégios religiosos e, mesmo assim, não sentiu sua infeliz pecaminosidade sem Cristo. A influência na experiência religiosa MJ 437 3 Se, em sua cegueira, você é capaz de deixar de ir repetidamente aos cultos de oração, onde Deus Se encontra com Seu povo, a fim de desfrutar a companhia de uma pessoa que não ama a Deus e que não vê atrativos na vida religiosa, como pode esperar que o Senhor faça prosperar tal união? MJ 438 1 Não seja apressado. Os casamentos prematuros não devem ser incentivados. Se um jovem ou uma jovem não tem respeito pelas reivindicações de Deus, se não leva em consideração seus próprios deveres quanto à religião, haverá o perigo de não considerar devidamente os direitos do marido ou da esposa. O hábito de passar muito tempo com a pessoa que você escolheu, sacrificando os privilégios religiosos e os momentos de oração, é perigoso; você não poderá suportar essa perda. MJ 438 2 É comum o hábito de ficar conversando até altas horas da noite, mas isso não agrada a Deus, mesmo se vocês dois forem cristãos. Essas horas impróprias prejudicam a saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que você tenha respeito próprio suficiente para evitar essa forma de namoro. Se deseja sinceramente a glória de Deus, agirá com cautela. Não tolerará que um sentimentalismo amoroso doentio cegue a sua visão de tal forma que não possa discernir os altos direitos de Deus sobre você como cristão. -- Testemunhos Para a Igreja 3:44, 45. Casamentos prematuros MJ 438 3 Os casamentos prematuros não devem ser incentivados. Uma relação tão importante como o casamento e de tão longa extensão em seus resultados não deve ser assumida precipitadamente, sem preparo suficiente, e antes que as faculdades mentais e físicas estejam bem desenvolvidas. -- A Ciência do Bom Viver, 358. ------------------------Capítulo 150 -- Escolhendo a pessoa para toda a vida MJ 439 1 Querida irmã: Soube de seu planejado casamento com alguém que não tem a sua fé religiosa, e temo que você não tenha considerado cuidadosamente esta importante questão. Antes de dar um passo que exercerá influência sobre toda a sua vida futura, insisto com você para que analise o caso com cuidado e oração. Esse novo relacionamento se demonstrará uma fonte de verdadeira felicidade? Será um auxílio em sua vida cristã? Será agradável a Deus? Seu exemplo poderá ser seguido com segurança por outros? Provas de amor MJ 439 2 Antes de casar-se, toda mulher deveria perguntar se aquele com quem pretende unir seu destino é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? O amor que ele expressa é de caráter nobre e elevado, ou é simples inclinação emocional? Tem ele os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria em seu amor? Terá liberdade para preservar sua individualidade, ou deverá submeter seu juízo e consciência ao controle do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma; foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Seu corpo e alma, pensamentos e propósitos serão conservados puros e santos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que pretende se casar. MJ 440 1 É fundamental a religião no lar. Só ela pode prevenir os graves erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então as duas pessoas se unirão, e as duas vidas se harmonizarão. Anjos de Deus serão hóspedes no lar, e santificarão o quarto matrimonial. A sensualidade baixa será excluída. Os pensamentos serão dirigidos a Deus; a Ele se elevará a devoção do coração. Resultados da desobediência MJ 440 2 O coração anseia o amor humano, mas esse amor não é forte, puro ou precioso o bastante para ocupar o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador, a esposa pode encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Ela deve fazer dEle sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a um homem, e não se envolva em nenhum relacionamento que entre em conflito com isso. Os que encontram verdadeira felicidade devem ter a bênção do Céu sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de infelicidade tantos corações e lares. Minha irmã, se você deseja ter um lar onde nunca se levantem sombras, não se una com um homem que é inimigo de Deus. MJ 440 3 Como uma pessoa que espera enfrentar estas palavras no juízo, suplico para que você pondere o passo que pretende dar. Pergunte-se: "Um marido descrente desviará meus pensamentos de Jesus? Ele ama mais os prazeres do que a Deus; não me induzirá a apreciar as coisas de que gosta?" O caminho para a vida eterna é íngreme e difícil. Não coloque sobre si fardos adicionais que retardem seu avanço. ... MJ 441 1 Desejo adverti-la de seu perigo, antes que seja tarde demais. Você dá ouvidos a palavras suaves, agradáveis, e é levada a acreditar que tudo ficará bem; mas não entende os motivos que inspiram essas palavras amáveis. Não percebe as profundezas da maldade ocultas no coração. Não pode olhar o que está por trás dos bastidores e discernir as armadilhas que Satanás está preparando para você. Ele quer induzi-la a proceder de tal modo que possa obter fácil acesso, para atingi-la com suas flechas de tentações. Não lhe dê a menor vantagem. Enquanto Deus influencia a mente de Seus servos, Satanás atua através dos filhos da desobediência. Não há acordo entre Cristo e Belial. Os dois não podem se harmonizar. Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Poderia permitir-se tão terríveis desvantagens na luta pela vida eterna? Quando um noivado acaba MJ 441 2 Você pode dizer: "Mas dei minha palavra, e agora vou voltar atrás?" Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios desfaça-a sem demora, e arrependa-se humildemente diante de Deus por sua insensatez, que a levou a dar a palavra tão precipitadamente. É muito melhor voltar atrás nesta promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e assim desonrar seu Criador. MJ 442 1 Lembre-se de que você tem um Céu a ganhar e um caminho aberto para a perdição a evitar. Quando Deus diz uma coisa, quer dizer isso mesmo. Quando proibiu nossos pais de comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, sua desobediência abriu a todo o mundo as comportas da desgraça. Se andarmos contrariamente a Deus, Ele andará contrariamente a nós. Nosso único procedimento seguro é obedecer a todas as Suas ordens, não importam os custos. Todas elas têm como base amor infinito e sabedoria. -- Testemunhos Selectos 2:119-122. Amadurecimento é essencial MJ 442 2 Para o bem da sociedade, bem como para os elevados interesses dos alunos, é melhor que eles não tentem escolher um companheiro de vida enquanto seu próprio caráter ainda não esteja desenvolvido, seu discernimento amadurecido, e enquanto estejam ao mesmo tempo privados do cuidado e orientação paternos. ... MJ 442 3 Os que estão procurando proteger os jovens da tentação e prepará-los para uma vida de utilidade estão empenhados numa boa obra. Ficamos felizes em ver em qualquer instituição de ensino o reconhecimento da importância do devido limite e disciplina para os jovens. Que os esforços de todos esses instrutores tenham sucesso. -- Fundamentos da Educação Cristã, 62, 63. ------------------------Capítulo 151 -- Atitude honrada MJ 443 1 Nestes dias de perigo e corrupção, os jovens estão expostos a muitas provações e tentações. Muitos estão navegando num porto perigoso. Precisam de um piloto; mas desprezam o auxílio necessário, achando que são competentes para dirigir seu próprio barco, e não percebendo que ele está prestes a bater numa rocha oculta que pode causar-lhes o naufrágio da fé e da felicidade. Estão fascinados com o assunto do namoro e casamento, e sua principal preocupação é seguir seu próprio caminho. Nesse período, que é o mais importante de sua vida, eles precisam de um conselheiro infalível, um guia seguro. Isso encontrarão na Palavra de Deus. A menos que sejam estudantes diligentes dessa Palavra, cometerão graves erros, que prejudicarão sua felicidade e a de outros, tanto na vida presente como na futura. MJ 443 2 Muitos têm a tendência de ser precipitados e teimosos. Não levam em conta o sábio conselho da Palavra de Deus; não lutam com o próprio eu e não obtêm preciosas vitórias; e sua vontade orgulhosa e inflexível os desvia do caminho do dever e da obediência. Olhe para sua vida passada, querido jovem, e considere fielmente sua conduta à luz da Palavra de Deus. Tem você desenvolvido essa conscienciosa consideração pelas suas obrigações para com os pais, que a Bíblia aprecia? Tem tratado com bondade e amor a mãe que tem cuidado de você desde a infância? Tem você considerado os desejos dela, ou ocasionado dor e tristeza ao seu coração ao realizar seus próprios desejos e planos? Tem a verdade que professa santificado o coração, abrandado e dominado a vontade? Se não, você tem um rigoroso trabalho a fazer para consertar os erros do passado. Um guia perfeito MJ 444 1 A Bíblia apresenta um padrão perfeito de caráter. Esse Livro Sagrado, inspirado por Deus e escrito por homens santos, é um guia perfeito sob todas as circunstâncias da vida. Ela descreve claramente os deveres tanto de jovens como de adultos. Se adotada como guia da vida, seus ensinos enobrecerão, elevarão a mente, aperfeiçoarão o caráter e darão paz e alegria ao coração. Mas muitos dos jovens têm preferido ser seus próprios conselheiros e guias, e têm tomado seus casos em suas próprias mãos. Esses jovens precisam estudar mais atentamente os ensinos da Bíblia. Em suas páginas, encontrarão revelado seu dever para com os pais e irmãos na fé. O quinto mandamento diz: "Respeite o seu pai e a sua mãe para que você viva muito tempo na Terra que estou lhe dando." Êxodo 20:12. Em outro lugar, lemos: "Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo." Efésios 6:1. MJ 444 2 Um dos sinais de que estamos vivendo nos últimos dias é que os filhos são desobedientes aos pais, ingratos e profanos. A Palavra de Deus tem muitos preceitos e conselhos que ordenam respeitar os pais. Incute nos jovens o sagrado dever de amar e tratar com carinho os que os guiaram através da infância, da juventude, até à idade adulta, e que agora dependem em grande parte deles quanto à paz e felicidade. A Bíblia é clara nesse assunto; contudo, seus ensinos têm sido muito desrespeitados. MJ 445 1 Os jovens têm muitas lições a aprender, e a mais importante delas é aprender a conhecer a si mesmos. Devem ter idéias corretas de suas obrigações e deveres para com os pais e estar constantemente aprendendo na escola de Cristo a ser mansos e humildes de coração. Ao mesmo tempo que devem amar e honrar os pais, também devem respeitar o bom senso dos homens de experiência com quem se relacionam na igreja. Roubando afeições MJ 445 2 O jovem que desfruta a companhia e conquista a amizade de uma jovem sem o conhecimento dos pais dela não desempenha um nobre papel cristão para com ela nem para com seus pais. Por meio de conversas e encontros secretos ele pode obter influência sobre a mente dela; mas, ao fazer isso, deixa de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto, nem de acordo com o padrão bíblico, e demonstram-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam para ser seus fiéis guardadores. Casamentos contraídos sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever uma filha, que confunde suas idéias acerca das ordens claras e positivas de Deus para obedecer e honrar aos pais, não cumprirá fielmente as obrigações do casamento. MJ 446 1 Faz-se a pergunta: "Como pode um jovem conservar pura a sua vida?" E é dada a resposta: "É só obedecer aos Teus mandamentos." Salmos 119:9. O jovem que faz da Bíblia o seu guia não precisa errar o caminho do dever e da segurança. Esse livro abençoado o ensinará a preservar sua integridade de caráter, a ser sincero, e não praticar nenhum engano. "Não roube" (Êxodo 20:15) foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quanto roubo secreto de afeições é praticado e desculpado! MJ 446 2 Mantém-se um namoro falso, seguem-se conversas particulares, até que os sentimentos de alguém inexperiente, e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviados de seus pais e colocados sobre quem, por seu procedimento, demonstra ser indigno de seu amor. A Bíblia condena todo tipo de desonestidade e ordena o procedimento correto sob todas as circunstâncias. Aquele que faz da Bíblia o guia de sua juventude, a luz do seu caminho, obedecerá aos seus ensinos em todas as coisas. Não transgredirá nem um jota ou um til da lei para conseguir qualquer objetivo, mesmo se tiver que abrir mão de muitas coisas por causa disso. Se acredita na Bíblia, sabe que as bênçãos de Deus não repousarão sobre ele se se desviar do estreito caminho da retidão. Embora pareça prosperar por algum tempo, certamente colherá o fruto de suas ações. MJ 446 3 Deus amaldiçoa muitos dos relacionamentos inoportunos e inapropriados que se formam nesta época. Se a Bíblia não desse um parecer claro e preciso para essas questões, então o procedimento dos jovens de hoje em seus relacionamentos uns com os outros seria desculpável. Mas as exigências da Bíblia não são ordens incompletas; requerem perfeita pureza de pensamento, palavras e atos. Somos gratos a Deus porque Sua Palavra é luz para nossos pés, e porque ninguém precisa errar o caminho do dever. Os jovens devem tornar sua obrigação consultar suas páginas e atender a seus conselhos, pois erros lamentáveis são sempre cometidos quando alguém se desvia de seus preceitos. Necessidade de juízo perfeito MJ 447 1 Se há um assunto que deve ser considerado com calma razão e juízo desapaixonado, é o assunto do casamento. Se há tempo em que a Bíblia é necessária como conselheira, é antes de dar um passo que une pessoas para toda a vida. Mas a idéia predominante é que nessa questão os sentimentos devem ser o guia; e em muitos casos o sentimentalismo apaixonado assume o controle e leva à ruína certa. É nesse assunto que os jovens demonstram menos inteligência do que em qualquer outro; é aqui que se recusam a usar a razão. A questão do casamento parece ter um poder enfeitiçante sobre eles. Não se submetem a Deus. Seus sentidos são anulados e agem em certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém. MJ 447 2 O modo secreto pelo qual namoros e casamentos são levados avante é a causa de grande parte da infelicidade, da qual só Deus conhece a extensão completa. Nessa rocha, milhares sofreram o naufrágio. Professos cristãos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensíveis a qualquer outro assunto, neste cometem erros terríveis. Manifestam uma vontade fixa, decidida, que a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não sentem desejo de estudar a Bíblia e entrar em íntima comunhão com Deus. MJ 448 1 Satanás sabe exatamente com que elementos tem de lidar e emprega sua sabedoria infernal de várias maneiras para induzir pessoas à ruína. Ele observa cada passo dado e sugere muitas coisas, e muitas vezes essas sugestões são mais aceitas do que o conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e imprudentes. Pode estar muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas trazem sobre si mesmos muitas tristezas. Como resultado, vemos por toda a parte pessoas arruinadas. Os pais devem ser consultados MJ 448 2 Quando nossos jovens serão sábios? Por quanto tempo as coisas ainda continuarão assim? Deverão os filhos consultar apenas os próprios desejos e inclinações, sem levar em conta o conselho e bom senso dos pais? Alguns parecem nunca considerar os desejos ou preferências de seus pais, nem respeitam sua opinião madura. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração à afeição filial. Os jovens precisam ser alertados quanto a esse assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é pouco considerado e mesmo explicitamente desprezado pelos filhos. A falta de consideração para com o amor de uma mãe e a desonra da atenção de um pai são pecados registrados contra muitos jovens. MJ 449 1 Um dos maiores erros relacionados com esse assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser incomodados em suas afeições, que não deve haver interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é esse. O auxílio da experiência de outros e uma calma e cuidadosa reflexão da questão de ambos os lados são positivamente essenciais. Esse assunto é tratado com muito descaso pela grande maioria das pessoas. MJ 449 2 Querido jovem, consulte a Deus e a seus pais tementes a Deus. Ore sobre o assunto. Avalie cada sentimento e observe todo traço de caráter na pessoa com quem pretende unir o destino de sua vida. O passo que você está para dar é um dos mais importantes de sua vida e não deve ser dado precipitadamente. Ame, mas não cegamente. Analise cuidadosamente para ver se sua vida matrimonial seria feliz, ou desarmoniosa e infeliz. Levante as seguintes questões: Essa união me ajudará a alcançar o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E ampliará minha esfera de utilidade nesta vida? Se essas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossiga no temor de Deus. MJ 449 3 Mas mesmo se um compromisso foi assumido sem o conhecimento total do caráter da pessoa com quem pretende unir-se, não pense que só por causa do compromisso tem que casar-se e unir-se por toda a vida a alguém que não pode amar e respeitar. Seja cuidadoso quanto a assumir compromissos condicionais; porém é melhor, muito melhor, romper o compromisso antes do casamento do que separar-se depois, como muitos fazem. Um tratamento revelador MJ 450 1 O verdadeiro amor é uma planta que precisa ser cultivada. A mulher que deseja uma união tranquila e feliz, que deseja fugir da infelicidade e tristeza futuras, pergunte antes de entregar suas afeições: Meu pretendente tem mãe? Qual a qualidade do caráter dela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É atento a seus desejos e felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Quando acabar a novidade do casamento, ele ainda me amará? Será paciente com meus erros, ou será crítico, autoritário e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá. Impulso não basta MJ 450 2 Os jovens confiam demais no impulso. Não devem entregar-se tão facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo exterior atraente do pretendente. O namoro, como adotado atualmente, é uma trama de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo tem mais a ver do que o Senhor. É necessário bom senso; mas a verdade é que ele é pouco usado nesse assunto. MJ 450 3 Se os filhos tivessem mais intimidade com seus pais, se confiassem neles e lhes revelassem suas alegrias e tristezas, poupariam muita mágoa futura para si mesmos. Quando se sentir confuso, sem saber o que fazer, exponha a questão aos pais e peça-lhes conselho. Quem estaria tão preparado para mostrar-lhe os perigos como os pais tementes a Deus? Quem melhor do que eles compreende o seu temperamento particular? MJ 451 1 Os filhos que são cristãos apreciarão o amor e aprovação de seus pais tementes a Deus, acima de toda bênção terrena. Os pais podem participar dos sentimentos dos filhos e orar com e por eles, para que Deus os proteja e guie. Acima de tudo o mais, eles lhes apontarão o Amigo e Conselheiro que nunca falha, que Se comove com o sentimento de suas fraquezas. Aquele que foi tentado em todos os pontos como nós somos, mas sem pecado, sabe como socorrer os que são tentados. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886. Divino amor MJ 451 2 Numa união para a vida toda, suas afeições devem ser dedicadas à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a seu respeito. Mas, ao mesmo tempo que devem se unir em um só ser, nenhum de vocês deve perder sua própria individualidade por causa do outro. Sua individualidade pertence a Deus. ... MJ 451 3 Vivendo para Deus, a pessoa dirige para Ele suas melhores e mais elevadas afeições. A maior manifestação do seu amor é para Aquele que morreu por vocês? Se assim for, o amor de um para com o outro será de acordo com o plano do Céu. -- Testemunhos Selectos 3:95, 96. ------------------------Capítulo 152 -- Casamento prematuro MJ 452 1 Rapazes e meninas se casam sem ter desenvolvido o amor ponderado, o amadurecimento necessário, os sentimentos nobres e elevados, e assumem os compromissos de um casamento completamente guiados por suas paixões juvenis. ... Um perigo MJ 452 2 Compromissos assumidos por pessoas muito novas freqüentemente têm resultado em uniões infelizes ou em separações vergonhosas. As uniões precoces, se formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. As afeições juvenis devem ser refreadas até chegar o período em que tenham idade e experiência suficientes para tornar sua manifestação correta e segura. Os que não se controlarem estarão em perigo de passar uma existência infeliz. MJ 452 3 Um jovem na adolescência é incapaz de julgar se uma pessoa tão jovem quanto ele é adequada para ser sua companheira por toda a vida. Depois que se tornam mais maduros, vêem-se presos um ao outro, e talvez absolutamente despreparados para fazer feliz um ao outro. Então, em vez de tornar sua situação a melhor possível, surgem críticas, a brecha que os separa se alarga, até que se estabelece a indiferença e a negligência de um para com o outro. Para eles, não existe nada de sagrado na palavra "lar". A própria atmosfera é envenenada por palavras rudes e amargas censuras. -- A Solemn Appeal, 11, 12. ------------------------Capítulo 153 -- Estratégias de Satanás MJ 453 1 Os casamentos precoces são originadores de grande parte dos males que existem hoje. O casamento que se contrai demasiado cedo não promove nem a saúde física nem o vigor mental. A razão é bem pouco exercida nesse assunto. Muitos jovens agem por impulso. Esse passo, que os afeta seriamente para o bem ou para o mal, que será uma bênção ou maldição por toda a vida, é muitas vezes dado precipitadamente, movido pelo impulso do sentimento. Muitos não darão ouvidos à razão ou orientação de um ponto de vista cristão. ... MJ 453 2 Atualmente o mundo está cheio de infelicidade e pecado em conseqüência de casamentos malfeitos. Em muitos casos, leva apenas alguns meses para o marido e a mulher perceberem que seus temperamentos nunca poderão combinar; e o resultado é que a discórdia predomina no lar, onde deveriam existir apenas o amor e a harmonia celeste. MJ 453 3 Através de brigas sobre assuntos sem importância, é cultivado um espírito de amargura. Desacordos e discussões trazem tremenda infelicidade ao lar e separam os que deveriam estar unidos pelos laços do amor. Assim, milhares têm-se sacrificado, alma e corpo, por meio de casamentos insensatos, e entrado no caminho da perdição. Jugo desigual MJ 453 4 É perigoso formar aliança mundana. Satanás sabe bem que no momento em que presencia o casamento de muitos rapazes e moças encerra a história de sua experiência e utilidade cristãs. Por algum tempo, poderão se esforçar para viver uma vida cristã, mas seus esforços são feitos contra uma constante influência na direção oposta. Em tempos passados, consideravam um privilégio falar de sua alegria e esperança; mas logo perdem a vontade de falar desse assunto, sabendo que aquele a quem ligaram seu destino não tem interesse nessas coisas. Assim Satanás os envolve com o ceticismo, e a fé na preciosa verdade morre no coração. MJ 454 1 Satanás usa todos os meios para prender os jovens no pecado, porque assim tem os adultos garantidos. O inimigo tem verdadeiro ódio contra todo esforço para influenciar os jovens na direção certa. Odeia tudo que proporcione um correto ponto de vista de Deus e de Cristo. Seus esforços são especialmente dirigidos contra os que estão em posição favorável de receber luz do Céu; porque ele sabe que qualquer movimento de sua parte para entrar em ligação com Deus lhes dará poder para resistir a suas tentações. Como um anjo de luz, vem aos jovens com suas armadilhas enganadoras, e muitas vezes consegue desviá-los, passo a passo, do caminho do dever. Relacionamento conveniente MJ 454 2 Os jovens que se aventuram a conviver um com o outro podem tornar essa convivência uma bênção ou uma maldição. Podem edificar, fortalecer e beneficiar um ao outro, aperfeiçoando-se na conduta, no temperamento, no conhecimento; ou podem exercer uma influência desmoralizadora ao tornarem-se descuidados e infiéis. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1899. Casamentos precipitados MJ 455 1 Satanás está constantemente empenhado em levar os jovens inexperientes a um casamento precipitado. Mas quanto menos nos orgulhamos dos casamentos que se realizam agora, melhor. Quando a natureza sagrada e as exigências do casamento forem compreendidas, ele será aprovado pelo Céu, resultará em felicidade para ambas as partes e Deus será glorificado. ... MJ 455 2 A verdadeira religião enobrece a mente, refina o gosto, santifica o discernimento e torna seu possuidor participante da pureza e das influências do Céu; aproxima os anjos e separa mais e mais do espírito e da influência do mundo. -- Testemunhos Para a Igreja 2:252, 253. Influenciados por Satanás MJ 455 3 Satanás está diligentemente empenhado em influenciar pessoas inteiramente incompatíveis entre si a unirem seus interesses. Ele exulta nessa obra, pois através dela pode trazer mais infelicidade e desgraça à família humana do que exercendo sua habilidade em qualquer outro sentido. -- Testemunhos Para a Igreja 2:248. ------------------------Capítulo 154 -- A felicidade como objetivo MJ 456 1 Deus colocou o homem no mundo, e é seu privilégio comer, beber, negociar, casar-se e ser dado em casamento; mas só é seguro fazer essas coisas no temor de Deus. Devemos viver neste mundo tendo em vista o mundo eterno. O grande pecado nos casamentos dos dias de Noé era que os filhos de Deus formavam alianças com as filhas dos homens. Os que professavam reconhecer e reverenciar a Deus se uniam com os que eram corruptos de coração; e casavam-se com quem queriam, sem fazer distinção. Existem muitas pessoas hoje que não possuem experiência religiosa profunda, que fazem exatamente as mesmas coisas que se faziam nos dias de Noé. Casavam-se sem considerar o caso e orar cuidadosamente. Muitos assumem os sagrados compromissos de forma tão impensada como fariam uma transação comercial; não é o amor verdadeiro o motivo de sua aliança. Paixão profana MJ 456 2 A idéia do casamento parece ter um poder enfeitiçante sobre a mente de muitos jovens. Duas pessoas se conhecem, ficam fascinadas uma com a outra, e têm absorvida toda a sua atenção. A razão fica cega, e o bom senso é ignorado. Não se submetem a nenhum conselho ou controle, mas insistem em seguir seu próprio caminho, sem levar em conta as conseqüências. MJ 457 1 A paixão que os domina é como uma epidemia, ou doença contagiosa, que deve seguir seu curso; e parece impossível detê-la. Talvez haja pessoas à volta deles que percebem que, se eles se unirem em casamento, isso poderá resultar em infelicidade por toda a vida. Mas os conselhos e advertências são dados em vão. Talvez, por tal união, a utilidade de alguém que Deus abençoaria em Seu serviço seja invalidada e destruída; mas os argumentos e as opiniões são ignorados. MJ 457 2 Tudo o que homens e mulheres de experiência dizem não tem efeito; não tem poder para mudar a decisão que tomaram. Perdem o interesse no culto de oração e em tudo que diz respeito à religião. Estão totalmente fascinados um com o outro e negligenciam os deveres da vida como se fossem questões de pouca importância. Noite após noite, esses jovens desperdiçam tempo e energia conversando um com o outro. Sobre assuntos de interesse sério e solene? Não! Antes, sobre coisas fúteis, sem importância. Transgredindo as leis de saúde e da modéstia MJ 457 3 Os anjos de Satanás estão ao lado dos que dedicam grande parte da noite ao namoro. Se pudessem enxergar, veriam um anjo anotando suas palavras e atos. As leis de saúde e da moral são transgredidas. Seria mais apropriado deixar algumas horas do namoro que se passam antes do casamento para depois do casamento. Mas, em geral, o casamento acaba com toda a dedicação manifestada durante os dias de namoro! MJ 457 4 Essas horas gastas em alta noite, nesta época de depravação, freqüentemente levam à ruína de ambas as partes envolvidas. Satanás se alegra e Deus é desonrado quando homens e mulheres não procedem dignamente. O bom nome da honra é sacrificado sob o encanto dessa fascinação, e o casamento dessas pessoas não pode ser realizado com a aprovação de Deus. Casam-se porque a paixão os levou a isso e, quando a novidade acaba, começam a perceber o que fizeram. Seis meses depois de feitos os votos, os sentimentos de um para com o outro mudaram. Cada um ficou conhecendo melhor, depois de casado, o caráter do companheiro escolhido. Cada um descobre defeitos que, durante a cegueira e loucura de seu relacionamento anterior, não eram visíveis. As promessas no altar não os unem. Em conseqüência de casamentos precipitados, mesmo entre o professo povo de Deus, há separações, divórcios e grande confusão na igreja. Desrespeito aos conselhos MJ 458 1 Esse tipo de relacionamento, de casar-se e dar-se em casamento, é uma das armadilhas especiais de Satanás, e quase sempre ele é bem-sucedido em seus planos. Tenho a mais dolorosa sensação de impotência quando os casais vêm pedir-me conselho sobre esse assunto. Posso falar-lhes as palavras que Deus quer que lhes fale; mas freqüentemente eles põem em dúvida cada ponto e insistem em levar avante seus próprios propósitos; e finalmente o realizam. MJ 458 2 Parece que não têm poder para vencer seus próprios desejos e inclinações, e querem por todos os meios casar. Não consideram o caso com cuidado e oração, entregando-se às mãos de Deus, para serem guiados e controlados por Seu Espírito. O temor de Deus não parece estar diante deles. Pensam que compreendem perfeitamente a questão, sem a sabedoria de Deus ou os conselhos de homens. MJ 459 1 Quando já é tarde demais, descobrem que cometeram um erro e puseram em perigo sua felicidade nesta vida e a salvação eterna. Não admitiam que alguém soubesse mais do assunto do que eles; se o conselho tivesse sido aceito, poderiam ter-se poupado anos de ansiedade e tristeza. Mas os conselhos são em vão para aqueles que estão resolvidos a seguir seu próprio caminho. A paixão faz com que essas pessoas ignorem cada barreira que a razão e o bom senso podem colocar. Características do verdadeiro amor MJ 459 2 O amor é uma planta de origem celeste. Não é insensato; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é algo totalmente diferente. Enquanto o amor puro inclui a Deus em todos os seus planos e está em perfeita harmonia com Seu Espírito, a paixão é teimosa, precipitada, insensata, desrespeitando todos os limites, e fazendo do objeto de sua escolha um ídolo. MJ 459 3 Em todo o comportamento de uma pessoa que possui o verdadeiro amor, será demonstrada a graça de Deus. A modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizarão cada passo em direção ao casamento. Os que assim são dirigidos não se deixarão absorver no relacionamento com o outro, a ponto de perder o interesse na reunião de oração e nos cultos religiosos. ... Buscando orientação divina MJ 460 1 Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes ao dia quando pensam em dar esse passo. O casamento é algo que influenciará e afetará sua vida, tanto neste mundo como no futuro. Um cristão sincero não levará avante seus planos nessa direção sem o conhecimento de que Deus aprova seu proceder. Não desejará escolher por si mesmo, mas achará que Deus deve escolher por ele. Não devemos satisfazer a nós mesmos, pois Cristo também não satisfez a Si mesmo. Não quero que pensem que estou dizendo com isto que alguém deve se casar com quem não ama. Isto seria pecado. Mas não se deve permitir que a fantasia e a natureza sentimental levem à ruína. Deus requer o coração todo, as supremas afeições. MJ 460 2 A maioria dos casamentos de nosso tempo, e a maneira como são conduzidos, tornam-nos um dos sinais dos últimos dias. Os homens e as mulheres são tão persistentes, tão teimosos, que Deus é deixado fora da questão. A religião é colocada de lado, como se não tivesse parte a desempenhar nessa solene e importante questão. Mas a menos que os que dizem crer na verdade sejam santificados por ela e elevados no pensamento e no caráter, não se acham em posição favorável perante Deus como o pecador que nunca recebeu luz a respeito das exigências da verdade. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. ------------------------Capítulo 155 -- Responsabilidades do casamento MJ 461 1 Muitos se casaram sem ter adquirido propriedade e sem herança alguma. Não possuíam força física ou energia mental para adquirir bens. São justamente esses que se apressaram para casar e tomaram sobre si responsabilidades das quais não tinham exata compreensão. Não possuíam sentimentos nobres e elevados e não tinham idéia precisa do dever de um marido e pai, e o que lhes custaria suprir as necessidades de uma família. E não manifestaram mais prudência no aumento da família do que a que mostraram em suas transações comerciais. ... MJ 461 2 A instituição do casamento foi designada pelo Céu para ser uma bênção ao homem; mas, em sentido geral, tem sido maltratada de tal maneira a torná-la uma terrível maldição. Muitos homens e mulheres agiram, ao se casarem, como se a única questão que lhes cabia resolver era se amavam um ao outro. Mas devem compreender que a responsabilidade que repousa sobre eles no casamento é maior do que essa. Devem considerar se seus descendentes terão saúde física e força mental e moral. Mas poucos agiram com motivos nobres e com elevadas considerações que não poderiam rejeitar levianamente -- que a sociedade tinha sobre eles direitos, que o peso da influência de sua família faria diferença na escala ascendente ou descendente. -- A Solemn Appeal, 63, 64. ------------------------Capítulo 156 -- Bom senso e domínio próprio MJ 462 1 Os que professam ser cristãos não devem se casar enquanto o assunto não tiver sido considerado com cuidado e oração, sob um elevado ponto de vista, para ver se Deus pode ser glorificado por essa união. Então devem considerar devidamente o resultado de todo privilégio do casamento, e o princípio santificado deve ser a base de cada ação. Olhando adiante MJ 462 2 Antes de aumentar a família, devem levar em consideração se Deus seria glorificado ou desonrado com trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio e durante todo o tempo de sua vida de casados. Devem considerar com calma as providências a serem tomadas para os filhos. Não têm direito de colocar filhos no mundo para serem um fardo a outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar para sustentar a família, de modo que não precisem se tornar um fardo aos outros? Se não o têm, cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta de cuidado, alimento e vestuário necessários. O domínio da paixão MJ 462 3 Nesta época de corrupção e maus costumes, essas coisas não são consideradas. As paixões sensuais dominam, não se submetendo ao controle, embora a fraqueza, a miséria e a morte sejam o resultado. As mulheres são forçadas a uma vida de privações, dores e sofrimentos, por causa de paixões incontroláveis de homens que usam o nome de marido -- devendo mais apropriadamente ser chamados de animais. As mães arrastam uma existência infeliz, carregando quase o tempo todo um filho nos braços, tentando arranjar todos os meios de dar-lhes alimento e roupa. Tanta é a miséria que enche o mundo. MJ 463 1 Há bem pouco amor real, genuíno, dedicado e puro. Esse precioso artigo é muito raro. A paixão é denominada amor. Muita mulher tem sido maltratada em suas frágeis e delicadas sensibilidades, porque o relacionamento do casamento permitiu àquele a quem chamavam de marido ser grosseiro em seu tratamento para com ela. Ela verificou ser seu amor tão baixo, que lhe causou aversão. Necessidade de domínio próprio MJ 463 2 Muitas famílias estão vivendo na mais infeliz situação porque o marido e pai permite que sua natureza animal predomine sobre o intelecto e a moral. O resultado é a sensação freqüente de abatimento e depressão; mas a causa raramente é atribuída à sua maneira inadequada de agir. Temos a solene obrigação diante de Deus quanto a manter o espírito puro e o corpo saudável, para que possamos ser um benefício à humanidade, e render a Deus um serviço perfeito. -- Testemunhos Para a Igreja 2:380, 381. ------------------------Capítulo 157 -- O exemplo de Isaque MJ 464 1 Pessoa alguma que tema a Deus pode ligar-se a outra que não O tema sem correr perigo. "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" Amós 3:3 (VA), revista e atualizada. A felicidade e a prosperidade do casamento dependem da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão servindo a dois senhores, entre os quais não pode haver concordância. Por mais puros e corretos que sejam os princípios de um, a influência de um cônjuge incrédulo terá uma tendência para afastar de Deus. MJ 464 2 A pessoa que se converteu após o casamento tem uma obrigação maior de ser fiel ao seu companheiro, por mais que discordem quanto à fé religiosa; contudo, as reivindicações de Deus devem ser colocadas acima de qualquer relação terrena, mesmo que isso resulte em provas e perseguições. Com espírito de amor e mansidão, essa fidelidade pode ter influência na conquista de um incrédulo. Mas o casamento de cristãos com ímpios é proibido na Bíblia. A instrução do Senhor é: "Não se juntem com descrentes para trabalhar com eles." 2 Coríntios 6:14. MJ 464 3 Isaque foi muito honrado por Deus, tornando-se herdeiro das promessas pelas quais o mundo seria abençoado; entretanto, quando ele tinha quarenta anos de idade, submeteu-se à decisão de seu pai ao designar seu servo experiente e temente a Deus para escolher uma esposa para ele. E o resultado daquele casamento, conforme é apresentado nas Escrituras, é um quadro terno e belo de felicidade doméstica: "Então Isaque levou Rebeca para a barraca onde Sara, a sua mãe, havia morado, e ela se tornou a sua mulher. Isaque amou Rebeca e assim foi consolado depois da morte da sua mãe." Gênesis 24:67. MJ 465 1 Que contraste entre o procedimento de Isaque e o que é praticado pelos jovens de nosso tempo, mesmo entre os que se dizem cristãos! Muitas vezes os jovens acham que a entrega de suas afeições é uma questão em que apenas o eu deve ser consultado -- uma questão em que nem Deus nem os pais deveriam interferir de maneira alguma. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres feitos, se acham competentes para fazerem sua própria escolha, sem o auxílio de seus pais. Poucos anos da vida de casados geralmente são suficientes para lhes mostrar seu erro, mas freqüentemente é muito tarde para impedir seus tristes resultados. Pela mesma falta de prudência e domínio próprio que levou à escolha precipitada, permite-se que o mal se agrave, até que o casamento se torne um jugo torturante. Muitos assim destruíram sua felicidade nesta vida, e sua esperança na vida futura. MJ 465 2 Se há um assunto que deve ser cuidadosamente considerado, e no qual se deve procurar o conselho de pessoas mais velhas e experientes, é o do casamento; se a Bíblia já foi necessária como conselheira, se a direção divina deve ser procurada em oração, é antes de dar um passo que une pessoas para toda a vida. MJ 465 3 Os pais nunca devem perder de vista sua responsabilidade pela felicidade futura de seus filhos. A consideração de Isaque para com os conselhos de seu pai foi o resultado do ensino que o habilitou a amar uma vida de obediência. Ao mesmo tempo em que Abraão exigia de seus filhos que respeitassem a autoridade paterna, sua vida diária demonstrava que essa autoridade não era um domínio egoísta ou arbitrário, mas que se fundava no amor e tinha em vista o bem-estar e a felicidade deles. MJ 466 1 Pais e mães devem sentir ser seu dever orientar as afeições dos jovens, para que possam ser colocadas naqueles que serão companheiros adequados. Devem sentir como seu dever, pelo próprio ensino e exemplo, com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal forma o caráter de seus filhos desde os primeiros anos para que sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e o verdadeiro. Os semelhantes se atraem; os semelhantes apreciam os semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo implantado na alma, e os jovens buscarão a companhia daqueles que possuem essas características. ... MJ 466 2 O amor verdadeiro é um princípio elevado e santo, totalmente diferente em caráter daquele amor que é despertado por impulso, e que repentinamente morre quando duramente provado. É pela fidelidade para com o dever na casa paterna que os jovens devem se preparar para seus próprios lares. Pratiquem eles aqui a abnegação e manifestem bondade, cortesia e simpatia cristã. Dessa forma, o amor será mantido aquecido no coração, e aquele que parte de um lar assim, para ser chefe de sua própria família, saberá como promover a felicidade daquela que escolheu como companheira de toda a vida. O casamento, em vez de ser o fim do amor, será apenas seu começo. -- Patriarcas e Profetas, 174-176. ------------------------Ministério Para As Cidades MPC 4 1 O Primeiro Apelo De Ellen White Em Favor Das Cidades E Vilas MPC 9 1 Prefácio MPC 11 1 Capítulo 1 -- Lições Das Escritüras Acerca Do Evancelismo Nas Cidades MPC 23 1 Capítulo 2 -- Uma Obra Essencíal Para Este Tempo MPC 30 1 Capítulo 3 -- Desafios Da Cídade MPC 41 1 Capítulo 4 -- E Necessário Envolvimento Total MPC 47 1 Capítulo 5 -- Uma Estratégia Para Alcançar As Cidades MPC 58 1 Capítulo 6 -- Ensinando E Capacitando Obreiros MPC 72 1 Capítulo 7 -- Métodos De Ensino E Colheita MPC 93 1 Capítulo 8 -- Trabalhando Dentro E Fora Das Cídades MPC 102 1 Capítulo 9 -- Ministério Cristocêntrico Da Saude MPC 116 1 Capítulo 10 -- Plantando Igrejas Nas Cídades MPC 125 1 Capítulo 11 -- A Obra Em Cídades Específicas MPC 152 1 Capítulo 12 -- Estudo De Caso MPC 159 2 Epílogo -- Avançar Pela Fé ------------------------O Primeiro Apelo De Ellen White Em Favor Das Cidades E Vilas MPC 4 1 As cidades e vilas constituem parte dessa vinha [de Deus]. Elas têm que ser alcançadas. Satanás buscará interpor-se e desanimar os obreiros para impedi-los de apresentar a mensagem de luz e advertência nos lugares mais importantes, assim como nos mais remotos. Empregará esforços desesperados para levar o povo a voltar-se da verdade para a falsidade. Anjos do Céu são enviados para cooperar com os esforços dos mensageiros de Deus na Terra. Os pastores devem ter coragem, e manter a fé e a esperança inabaláveis, como fez Cristo, seu Líder vital. Eles têm que se conservar humildes e contritos perante Deus (Manuscrito 1, 1874 [ver também T7, p. 34, 35]). ------------------------Prefácio MPC 9 1 O Salmo 48 costuma ser considerado o Salmo 23 dos moradores das cidades. "Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus" (v. 1). É a presença de Deus na cidade que a torna bela e imponente, "a alegria de toda a terra; [...] a cidade do grande Rei" (v. 2). O fato de Deus identificar-Se de tal modo com uma cidade terrestre deve nos alertar para, através dos olhos de Deus, enxergar o potencial das cidades de hoje. MPC 9 2 As cidades, porém, arregimentam-se frequentemente contra Deus. Esse era o tipo dominante de cidade quando a Bíblia foi escrita. Jesus, Moisés, Davi, Daniel e a maioria dos outros profetas bíblicos tiveram que lidar com as cidades, algumas das quais eram enormes, para aquela época. "Nínive era tão grande, que uma pessoa levava três dias para atravessá-la a pé" (Jn 3:3, NTLH), tendo "mais de cento e vinte mil pessoas" (Jn 4:11). Babilônia tinha 16 quilômetros de muros rodeando uma grande população e construções monumentais que incluíam uma das sete maravilhas do mundo antigo. Éfeso, do Novo Testamento, tinha iluminação pública ao longo de sua principal artéria, a famosa Arcadiane. Roma, Alexandria, Antioquia, Atenas, Corinto, Susã e Tebas estavam entre as grandes cidades dos tempos bíblicos. MPC 9 3 Paulo foi o evangelista pioneiro do cristianismo nas grandes cidades do Império Romano. Pedro, Filipe, Apolo e outros líderes cristãos também evangelizaram cidades. As pessoas acostumadas a pensar nas cidades como lugares do mal devem se lembrar de que, em visão, João viu a intenção de Deus para a humanidade claramente definida como uma cidade de incomparável glória e regozijo. MPC 9 4 Quando Jesus andou na Terra, percorria "todas as cidades e povoados", ensinando, pregando e curando. As multidões O tocavam profundamente: "Vendo Ele as multidões, compadeceu-Se delas, porque estavam [...] como ovelhas que não têm pastor" (Mt 9:35, 36). Hoje, a maior parte da população mundial mora em cidades. Importa-Se Jesus menos com essas pessoas do que Se importava com os habitantes das cidades há dois mil anos? Não é de admirar que Ellen G. White tenha recebido tantos conselhos sobre habilitar a igreja para um abrangente evangelismo e ministério urbano. Mesmo assim, suas instruções acerca do trabalho nas cidades são bem menos conhecidas do que seus apelos para moradia em ambientes mais rurais. A breve compilação Vida no Campo (1946) trouxe uma atenção bem merecida a esses apelos. MPC 10 1 Como complemento a essa coleção, o presente volume, Ministério Para as Cidades, tem o objetivo de ajudar os leitores a entender o plano de Deus para o trabalho na cidade. Preparado no escritório do Patrimônio Literário de Ellen G. White, seu material foi extraído não só de artigos, livros e folhetos de Ellen G. White, como também de suas cartas e manuscritos. Não é uma compilação exaustiva dos seus conselhos sobre as cidades, mas, como coletânea representativa, é altamente informativa. Cobre muitas áreas da instrução que Ellen White recebeu para a igreja e sua atividade em favor das cidades do mundo. Para auxiliar o leitor, são mencionados os anos das declarações incluídas neste volume. No caso de cartas e manuscritos, o número indica o ano em que foram escritos; para as outras fontes, o ano da primeira publicação nessa forma. As citações de Testemunhos Para a Igreja, volumes 1-5, refletem o ano da primeira publicação na forma de panfletos, intitulados Testemunho.…… MPC 10 2 Muitas décadas já se passaram desde que Ellen White escreveu o último dos seus conselhos. Em alguns aspectos, as condições que enfrentamos hoje diferem daquelas que ela abordou. O leitor deve ter em mente que o tempo, a localização e outros fatores precisam ser considerados ao se traçarem planos para a obra hoje. As condições podem mudar; os métodos de lidar com elas podem variar, mas os princípios por trás dos conselhos permanecem os mesmos. Esses princípios devem orientar e guiar nossos esforços no sentido de enfrentar os desafios atuais. MPC 10 3 À medida que se aproxima a segunda vinda de Cristo, as palavras de Ellen White assumem novo sentido de urgência: "O trabalho nas cidades é a obra essencial para este tempo. Quando as cidades forem trabalhadas como Deus deseja, o resultado será colocar em ação um poderoso movimento como nunca foi testemunhado" (MS, p. 304). Nossa esperança e oração é que Ministério Para as Cidades ajude os leitores a se comprometerem mais com a aplicação dos conselhos que temos recebido, e a se tornarem mais eficientes para alcançar as cidades com a mensagem de Cristo para os últimos dias. Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, Silver Spring, Maryland. ------------------------Capítulo 1 -- Lições Das Escritüras Acerca Do Evancelismo Nas Cidades (Antigo Testamento) O Mundo Antediluviano - Enoque MPC 11 1 Primeiro exemplo de evangelismo urbano - Enoque andou com Deus e, a despeito disso, não viveu no meio de qualquer cidade corrompida com todas as espécies de violência e iniquidade (Manuscrito 94, 1903; Ev, p. 78). MPC 11 2 Enoque não viveu entre os ímpios - Ele [Enoque] não estabeleceu sua residência com os ímpios. [...] Colocou a si mesmo e sua família onde a atmosfera seria a mais pura possível. De vez em quando, então, ele se dirigia aos habitantes do mundo com sua mensagem dada por Deus. [...] Depois de proclamar sua mensagem, ele sempre levava de volta consigo, a seu lugar de retiro, alguns que aceitavam a advertência (Manuscrito 42, 1900; Mar, p. 182). MPC 11 3 Os métodos de Enoque se tornarão nossos métodos - Planos sábios têm que ser idealizados, a fim de que esse trabalho seja feito com o melhor proveito possível. Mais e mais, à medida que aumenta a impiedade nas grandes cidades, teremos que trabalhar nelas a partir de centros avançados. Foi desse modo que Enoque trabalhou nos dias anteriores ao dilúvio, quando a maldade era abundante em cada comunidade populosa, e quando a violência imperava naquela terra (RH, 27 de setembro de 1906). Sodoma MPC 11 4 O amor pelas pessoas motivou a oração de Abraão - Embora Ló tivesse se tornado morador em Sodoma, não participava da iniquidade de seus habitantes. Abraão julgava que naquela populosa cidade deveria haver outros adoradores do verdadeiro Deus. E, em vista disso, rogou ele: "Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; [...] longe de Ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?" (Gn 18:25). Abraão não pediu simplesmente uma vez, mas muitas vezes. Tornandose mais ousado, ao serem satisfeitos seus pedidos, continuou até ter certeza de que, se mesmo dez pessoas justas pudessem achar-se nela, a cidade seria poupada. MPC 12 1 O amor pelas pessoas que pereciam inspirava a oração de Abraão. Ao mesmo tempo em que lhe repugnavam os pecados daquela cidade corrupta, desejava que os pecadores pudessem ser salvos. Seu profundo interesse por Sodoma mostra a ansiedade que devemos experimentar pelos impenitentes. Devemos alimentar ódio ao pecado, mas piedade e amor para com o pecador. Ao nosso redor existem pessoas que são levadas à ruína inevitavelmente e de forma tão terrível como aquela que recaiu sobre Sodoma. A cada dia o tempo de graça de alguém se encerra. A cada momento alguns passam para além do alcance da misericórdia. E onde estão as vozes de aviso e súplica, mandando o pecador fugir dessa condenação terrível? Onde estão as mãos estendidas para o fazer retroceder do caminho da morte? Onde estão os que com humildade e fé perseverante intercedem junto a Deus por ele? (PP, p. 139, 140 [1890]). MPC 12 2 Os cristãos podem exercer grande impacto sobre as cidades - Se é certo que Deus, por amor de dez justos, teria poupado Sodoma, qual não seria a influência para o bem, produzida em resultado da fidelidade do povo de Deus, se cada um dos que professam o nome de Cristo se achasse também revestido de Sua Justiça? (ST, 2 de maio de 1895; LC, p. 104). Nínive MPC 12 3 Muitos responderão ao chamado de Deus - Embora ímpia como havia se tornado, Nínive não estava inteiramente entregue ao mal. Aquele que "está vendo a todos os filhos dos homens" (Sl 33:13), e "descobre todas as coisas preciosas" (Jó 28:10), viu na cidade muitos que estavam procurando alguma coisa melhor e mais alta, os quais, se lhes fosse dada oportunidade para conhecer o Deus vivo, afastariam de si as más obras, e O adorariam. E assim, em Sua sabedoria, Deus Se revelou a eles de maneira inconfundível, a fim de levá-los, se possível, ao arrependimento. MPC 12 4 O instrumento escolhido para essa obra foi o profeta Jonas, filho de Amitai. A ele veio a palavra do Senhor: "Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até Mim" (Jn 1:1, 2). [...] MPC 13 1 Entrando na cidade, Jonas começou a pregar "contra ela" a mensagem: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (Jn 3:4). De rua em rua ia ele fazendo soar a nota de advertência. MPC 13 2 A mensagem não foi em vão. O clamor que soava através das ruas da ímpia cidade ia passando de lábio em lábio, até que todos os habitantes tivessem ouvido o assustador anúncio. O Espírito de Deus imprimiu a mensagem em cada coração, e levou multidões a tremerem por causa de seus pecados, e a se arrependerem em profunda humilhação (PR, p. 265, 266, 270 [1917]). Jerusalém - Reavivamento Promovido Pelo Rei Josias MPC 13 3 O impacto dos líderes não deve ser subestimado - O rei [Josias] devia deixar com Deus os eventos do futuro; ele não poderia alterar os eternos decretos de Jeová. Mas ao anunciar os juízos retributivos do Céu, o Senhor não reteve a oportunidade para arrependimento e reforma; e Josias, discernindo nisso uma boa disposição da parte de Deus para temperar Seus juízos com misericórdia, determinou fazer tudo que estivesse em seu poder para executar decididas reformas. Imediatamente Ele organizou uma grande convocação, para a qual foram convidados os anciãos e magistrados de Jerusalém e de Judá, juntamente com o povo comum. Estes, com os sacerdotes e levitas, se juntaram ao rei no pátio do templo. MPC 13 4 A esta vasta assembleia, o próprio rei leu "aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto, que se achou na casa do Senhor" (2Rs 23:2). O leitor real estava profundamente comovido, e apresentou sua mensagem com o toque de um coração quebrantado. Seus ouvintes ficaram profundamente tocados. A intensidade de sentimento revelada no rosto do rei, a solenidade da mensagem em si, a advertência de iminente juízo - tudo isso teve o seu efeito, e muitos se determinaram a se unir ao rei em busca de perdão. MPC 13 5 Josias propôs agora que os mais elevados em autoridade se unissem ao povo num solene concerto perante Deus de que cooperariam uns com os outros num esforço para instituir decididas mudanças. "E o rei se pôs junto à coluna, e fez o concerto perante o Senhor, para andarem com o Senhor, e guardarem os Seus mandamentos, e os Seus testemunhos, e os Seus estatutos, com todo o coração, e com toda a alma, confirmando as palavras deste concerto, que estavam escritas naquele livro." A resposta foi mais generosa do que o rei ousara esperar. "Todo o povo esteve por este concerto" (v. 3). MPC 13 6 Na reforma que se seguiu, o rei voltou sua atenção para a destruição de todo vestígio de idolatria [...]. Por tanto tempo haviam os habitantes da Terra seguido os costumes das nações ao redor pelo ajoelhar-se perante imagens de madeira e pedra, que parecia estar quase além do poder do homem remover cada traço desses males. Mas Josias perseverou em seus esforços por purificar a terra. Enfrentou com dureza a idolatria, fazendo matar a "todos os sacerdotes dos altos"; "e também os adivinhos, e os feiticeiros, e os terafins, e os ídolos, e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, os extirpou Josias, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na casa do Senhor" (v. 20, 24) (PR, p. 400, 401 [1917]). (Novo Testamento) A Carta Magna Da Missão De Cristo MPC 14 1 Ir ao povo - A comissão evangélica é a Carta Magna missionária do reino de Cristo. Os discípulos deviam trabalhar fervorosamente pelas pessoas, dando a todas o convite de misericórdia. Não deviam esperar que o povo viesse a eles; deviam eles ir ao povo com sua mensagem (AA, p. 28 [1911]). MPC 14 2 O ministério terrestre de Cristo ilustrou a comissão evangélica - Aquele que é a luz e a vida do evangelho tornou-Se carne e habitou entre nós. Solidário com a humanidade, Ele alimentou os famintos, curou os enfermos e andou por todas as cidades daquela terra fazendo o bem aos homens. Todas as nossas obras devem ser realizadas em Cristo. Tornando-se participantes de Sua natureza, Seus seguidores devem fazer as obras dEle. O ministério de Cristo em favor das pessoas foi a interpretação de Sua grande comissão aos discípulos: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16:15) (Manuscrito 1, 1908; MR5, p. 213, 214). Jesus, O Mestre Por Excelência MPC 14 3 Jesus ensinou pelo exemplo - Era pelo contato pessoal e relacionamento que Jesus preparava os discípulos. Ensinava-os, às vezes, sentado entre eles na encosta da montanha; outras vezes, às margens do lago, ou caminhando em sua companhia, revelava-lhes os mistérios do reino de Deus. Não pregava, como fazem as pessoas hoje em dia. Sempre que os corações se achassem abertos para receber a divina mensagem, expunha as verdades do caminho da salvação. Não ordenava a Seus discípulos que fizessem isso ou aquilo, mas dizia: "Segue-Me." Nas jornadas através de campos e cidades, levava-os consigo, para que vissem como ensinava o povo. Vinculava-lhes os interesses aos Seus, e eles se Lhe uniam na obra (DTN, p. 152 [1898]). MPC 15 1 Jesus Se comunicava com aqueles a quem servia - Durante Seu ministério terrestre, Cristo deu início à obra de derrubar o muro de separação entre judeus e gentios e pregar a salvação a toda a humanidade. Embora judeu, Se comunicava livremente com os samaritanos, anulando costumes farisaicos dos judeus com respeito a esse povo desprezado. Dormia sob seu teto, comia à mesa deles e ensinava em suas ruas (AA, p. 19 [1911]). MPC 15 2 Jesus escolheu Cafarnaum por seu potencial evangelístico - Durante Seu ministério terrestre, o Salvador aproveitou as oportunidades oferecidas pelos grandes centros de comunicação. Cafarnaum, onde Jesus ficava nos intervalos de Suas viagens de um lado para outro, se tornou conhecida como "Sua cidade". Essa cidade bem se adaptava a ser o centro do trabalho do Salvador. Localizada junto à estrada principal de Damasco a Jerusalém e ao Egito, bem como para o Mar Mediterrâneo, era uma grande via de comunicação. Gente de muitas terras atravessava a cidade, ou ali se demorava para descansar, em suas jornadas de um lado para o outro. Ali, Jesus podia encontrar pessoas de todas as nações e todas as classes sociais; ricos e poderosos, assim como pobres e humildes; Suas lições seriam levadas a outros países e para muitos lares. Desse modo, era estimulado o estudo das profecias; e as atenções se voltavam para o Salvador, e Sua missão era levada perante o mundo (T9, p. 121 [1909]). Cidades do Novo Testamento Jerusalém MPC 15 3 O evangelho deve ser proclamado em todas as circunstâncias - Cristo disse a Seus discípulos que começassem o trabalho em Jerusalém. Aquela cidade fora o cenário de Seu incrível sacrifício pela raça humana. Lá, envolto nas vestes da humanidade, andara e falara com os homens, e poucos discerniram quão próximo da Terra estava o Céu. Lá Ele fora condenado e crucificado. Em Jerusalém havia muitos que, secretamente, criam que Jesus de Nazaré era o Messias, e muitos que haviam sido enganados pelos sacerdotes e príncipes. A esses o evangelho devia ser proclamado. Deviam ser chamados ao arrependimento. Devia ser esclarecida a maravilhosa verdade de que somente por meio de Cristo pode ser obtida a remissão dos pecados. E era enquanto toda a Jerusalém estava agitada pelos acontecimentos sensacionais das poucas semanas passadas que a pregação dos discípulos causaria a mais profunda impressão (AA, p. 31, 32 [1911]). MPC 16 1 Os discípulos creditaram as pessoas convertidas ao trabalho de outros - Em Jerusalém, o baluarte do judaísmo, milhares declararam abertamente sua fé em Jesus de Nazaré como o Messias. MPC 16 2 Os discípulos estavam assombrados e sobremodo jubilosos com a abundante colheita de pessoas. Eles não consideravam essa maravilhosa colheita como resultado de seus esforços; sabiam que estavam entrando no trabalho de outros homens (AA, p. 44 [1911]). Antioquia Da Síria MPC 16 3 O nome "cristão" resultou do testemunho urbano cristocêntrico - Na populosa cidade de Antioquia, [o apóstolo] Paulo encontrou um excelente campo de trabalho. Sua cultura, sabedoria e zelo exerceram poderosa influência sobre os habitantes e as pessoas que frequentavam aquela cidade de cultura; e ele se mostrou ser precisamente o auxílio de que Barnabé necessitava. Durante um ano, os dois discípulos trabalharam unidos em um ministério fiel, levando a muitos o salvador conhecimento de Jesus de Nazaré, o Redentor do mundo. MPC 16 4 Foi em Antioquia que os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. Esse nome foi-lhes dado porque Cristo era o principal tema de sua pregação, conversação e ensino (AA, p. 156, 157 [1911]). MPC 16 5 Membros da igreja nas cidades devem se unir a outros no serviço - O exemplo dos seguidores de Cristo em Antioquia deve ser uma inspiração para todos os crentes que vivem atualmente nas grandes cidades do mundo. Embora esteja no plano de Deus que obreiros escolhidos, de consagração e talento, sejam estacionados em importantes centros de população para realizar conferências públicas, é também Seu propósito que os membros da igreja que vivem nessas cidades usem os talentos que Deus lhes deu trabalhando em favor das pessoas. Ricas bênçãos estão armazenadas para os que se entregam sem reservas ao chamado de Deus. Ao se empenharem tais obreiros na salvação de pessoas para Jesus, verificarão que muitos que jamais teriam sido alcançados de outra forma, estão prontos a responder ao esforço pessoal inteligente. MPC 16 6 A causa de Deus na Terra nestes dias está em necessidade de representantes vivos da verdade bíblica. Os ministros ordenados sozinhos não são suficientes para a tarefa de advertir as grandes cidades. Deus está chamando não somente pastores, mas também médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados membros da igreja, possuidores de diferentes talentos, que tenham o conhecimento da Palavra de Deus e possuam o poder de Sua graça, para que considerem as necessidades das cidades não advertidas. O tempo está passando rapidamente, e muito resta a ser feito. Todos os meios devem ser postos em operação, para que as oportunidades atuais sejam sabiamente aproveitadas (AA, p. 158, 159 [1911]). Igrejas Organizadas Em Cidades No Centro Da Ásia Menor MPC 17 1 O estabelecimento de igrejas fortalece os membros novos - No dia seguinte ao apedrejamento de Paulo, os apóstolos partiram para Derbe, onde seu trabalho foi abençoado e muitas pessoas foram levadas a aceitar Cristo como o Salvador. Mas, "tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos", nem Paulo nem Barnabé estavam dispostos a iniciar trabalho em outra parte sem confirmar a fé dos conversos que eram forçados a deixar sozinhos por algum tempo, nos lugares onde tinham recentemente trabalhado. E assim, sem temor diante dos perigos, "voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé" (At 14:21, 22). Muitos haviam aceito as alegres novas do evangelho e expuseram-se à vergonha e à oposição. A esses procurou o apóstolo firmar na fé, para que a obra pudesse subsistir. MPC 17 2 Como importante fator no crescimento espiritual dos novos conversos, os apóstolos tiveram o cuidado de cercá-los com a salvaguarda da ordem evangélica. As igrejas eram devidamente organizadas em todos os lugares da Licaônia e da Pisídia onde houvesse crentes. Eram indicados oficiais para cada igreja, e ordem e sistema próprios eram estabelecidos para que se conduzissem todas as atividades pertinentes ao bem-estar espiritual dos crentes (AA, p. 185 [1911]). Tessalônica MPC 17 3 Paulo ensinou verdades baseadas na Escritura - Ao proclamar Paulo, com zelo santo, o evangelho na sinagoga de Tessalônica, uma torrente de luz se derramou sobre o verdadeiro significado dos ritos e cerimônias que se relacionavam com o serviço do tabernáculo. Conduziu ele a mente de seus ouvintes para além do cerimonial terrestre e do ministério de Cristo no santuário celestial, até o tempo em que, tendo completado Seu trabalho de intercessão, Ele deverá voltar, com poder e grande glória, para estabelecer Seu reino na Terra. Paulo cria na segunda vinda de Cristo; apresentou as verdades relacionadas a esse evento com tanta clareza e ênfase que produziu na mente de muitos dos ouvintes uma impressão que nunca mais se apagou. MPC 17 4 Por três sábados sucessivos Paulo pregou aos tessalonicenses, discutindo com eles sobre as Escrituras referentes à vida, morte, ressurreição, obra intercessória e glória futura de Cristo, "o Cordeiro morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8). Ele exaltava a Cristo, de cujo ministério a compreensão exata é a chave que abre as Escrituras do Antigo Testamento, dando acesso a seus ricos tesouros. MPC 18 1 Ao serem as verdades do evangelho assim proclamadas em Tessalônica com forte poder, foi atraída a atenção de grandes congregações. "E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais" (At 17:4) (AA, p. 228, 229 [1911]). Atenas MPC 18 2 Os descrentes não devem ser passados por alto - Enquanto esperava por Silas e Timóteo, Paulo não ficou ocioso. "Disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam" (At 17:17). Mas a sua principal obra em Atenas era levar as boas-novas de salvação aos que não tinham clara concepção de Deus e de Seu propósito em favor da raça caída. O apóstolo logo havia de enfrentar o paganismo em sua forma mais sutil e sedutora (AA, p. 234, 235 [1911]). MPC 18 3 Evangelizar os sábios e cultos - [Os principais filósofos locais] conduziram [Paulo] ao Areópago. Esse era um dos locais mais sagrados de toda a Atenas, e suas evocações e reminiscências eram tais que o faziam ser considerado com uma supersticiosa reverência que, na mente de alguns, chegava ao terror. Era nesse local que os assuntos relacionados com a religião eram muitas vezes considerados cuidadosamente por homens que funcionavam como juízes finais em todas as questões mais importantes, tanto morais como civis. MPC 18 4 Ali, afastado do ruído e da agitação das ruas apinhadas e do tumulto da discussão promíscua 1, o apóstolo podia ser ouvido sem interrupção. Ao seu redor reuniram-se poetas, artistas, e filósofos - intelectuais e sábios de Atenas, que a ele assim se dirigiram: "Poderemos nós saber que nova doutrina é essa de que falas? Pois coisas estranhas nos trazes aos ouvidos; queremos pois saber o que vem a ser isto" (At 17:19, 20) (AA, p. 236 [1911]). MPC 18 5 Paulo usou a cultura local para causar impacto com sua mensagem - Com a mão estendida em direção ao templo cheio de ídolos, Paulo esvaziou seu coração e expôs a falácia da religião dos atenienses. Os mais sábios dentre seus ouvintes ficaram admirados ao atentarem para a argumentação dele. Mostrou estar familiarizado com suas obras de arte, literatura e religião. Apontando para o estatuário e ídolos deles, declarou que Deus não pode ser assemelhado a formas de imaginação humana. Aquelas imagens esculpidas não podiam, mesmo da maneira mais pálida, representar a glória de Jeová. Ele os fez pensar no fato de que aquelas imagens não tinham vida, mas eram controladas pelo poder humano, movendo-se apenas quando as mãos dos homens as moviam, de maneira que os adoradores eram em tudo superiores ao objeto adorado. MPC 19 1 Paulo levou a mente de seus ouvintes idólatras para além dos limites de sua falsa religião, a uma visão certa da Divindade a que eles denominaram "Deus desconhecido" (AA, p. 237 [1911]). Corinto MPC 19 2 Mudar os métodos, se os resultados forem pequenos - Durante o primeiro século da era cristã, Corinto foi uma das principais cidades, não somente da Grécia, mas do mundo. Gregos, judeus e romanos, juntamente com viajantes de todas as terras, aglomeravam nas suas ruas, intensamente entregues às atividades e aos prazeres. Grande centro comercial, situado com fácil acesso a todas as partes do império romano, era um importante lugar para o estabelecimento de monumentos para Deus e Sua verdade. MPC 19 3 Entre os judeus que haviam fixado residência em Corinto, achavam-se Áquila e Priscila, que se distinguiram posteriormente como zelosos obreiros de Cristo. Vindo a conhecer o caráter dessas pessoas, Paulo "ficou com eles" (At 18:3). MPC 19 4 Logo no princípio de seu trabalho nesse ponto de sua viagem, Paulo viu de todos os lados sérios obstáculos ao progresso de sua obra. A cidade estava quase inteiramente entregue à idolatria. Vênus era a deidade favorita; e com a adoração de Vênus estavam relacionados muitos ritos e cerimônias degradantes. Os coríntios tinham-se tornado notáveis, mesmo entre os pagãos, por sua grosseira imoralidade. Parecia que sua preocupação ou cuidado não ia além dos prazeres e passatempos do momento. MPC 19 5 Em sua pregação do evangelho em Corinto, o apóstolo seguiu um sistema diferente do que assinalara seu trabalho em Atenas. Neste lugar, procurara ele adaptar seu estilo ao caráter de seu auditório; confrontara lógica com lógica, respondera à ciência com ciência, à filosofia com filosofia. Considerando o tempo assim gasto, e concluindo que seu ensino em Atenas fora pouco produtivo, decidiu seguir outro plano de trabalho em Corinto, nos seus esforços para atrair a atenção dos descuidados e indiferentes. Decidira evitar discussões e argumentos elaborados e nada se propor a saber entre os coríntios, "senão a Jesus Cristo, e Este crucificado". Estava disposto a pregar-lhes, não com "palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder" (1Co 2:2, 4). MPC 20 1 Jesus, a quem Paulo estava prestes a apresentar perante os gregos em Corinto como o Cristo, era um judeu de origem humilde, criado em uma cidade conhecida por sua perversidade. Havia sido rejeitado por Sua nação, sendo afinal crucificado como malfeitor. Os gregos acreditavam na necessidade do reerguimento da raça humana, mas consideravam o estudo da filosofia e da ciência como o único meio de atingir a verdadeira elevação e honra. Poderia Paulo levá-los a crer que a fé no poder desse obscuro Judeu elevaria e enobreceria cada faculdade do ser? MPC 20 2 Para o entendimento de multidões que vivem no presente, a cruz do Calvário está cercada de sagradas recordações. Santas associações estão relacionadas com as cenas da crucifixão. Mas, nos dias de Paulo, a cruz era olhada com sentimentos de repulsa e horror. Exaltar como o Salvador da humanidade Aquele que havia encontrado a morte sobre a cruz poderia naturalmente despertar o ridículo e a oposição. MPC 20 3 Paulo bem sabia como sua mensagem seria considerada tanto pelos judeus como pelos gregos de Corinto. "Nós pregamos a Cristo crucificado", admitiu ele, "que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos" (1Co 1:23). Entre seus ouvintes judeus havia muitos que ficariam irados com a mensagem que ele estava para proclamar. Na avaliação dos gregos, suas palavras seriam absurda loucura. Ele seria considerado como um débil mental ao tentar mostrar como a cruz poderia ter qualquer relação com o reerguimento da raça ou a salvação da humanidade (AA, p. 243-245 [1911]). MPC 20 4 O humano deve se esconder por trás do divino - Os esforços do apóstolo [Paulo] não estavam restringidos à pregação pública; muitos havia que não poderiam ser alcançados dessa maneira. Ele gastou muito tempo no trabalho de casa em casa, prevalecendo-se assim das relações familiares 2 do círculo doméstico. Visitava os enfermos e tristes, confortava os aflitos, animava os oprimidos. Em tudo o que dizia e fazia engrandecia o nome de Jesus. Trabalhava assim "em fraqueza, e em temor, e em grande tremor" (1Co 2:3). Ele tremia ao pensamento de que seus ensinos pudessem revelar mais o humano que o divino (AA, p. 250 [1911]). MPC 20 5 Os mais imorais podem se tornar monumentos da grandeza de Deus - Os esforços de Paulo em Corinto não ficaram sem fruto. Muitos abandonaram a adoração dos ídolos para servirem ao Deus vivo, e uma grande igreja se alistou sob a bandeira de Cristo. Alguns foram salvos dentre os mais devassos gentios e tornaram-se monumentos da misericórdia de Deus e da eficácia do sangue de Cristo para limpar do pecado (AA, p. 252 [1911]). Éfeso MPC 21 1 Mudar de local, se a oposição se torna forte - Conforme seu costume, Paulo iniciou sua obra em Éfeso pregando na sinagoga dos judeus. Aí continuou trabalhando por três meses, "disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus". A princípio encontrou recepção favorável; mas como nos outros campos, logo surgiu violenta oposição. "Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão" (At 19:8, 9), e como persistissem em sua rejeição do evangelho, o apóstolo cessou de pregar na sinagoga. MPC 21 2 O Espírito de Deus operara em Paulo e, por meio dele, em seus labores em favor de seus compatriotas. Suficiente prova fora apresentada para convencer a todos os que sinceramente desejassem conhecer a verdade (AA, p. 285 [1911]). Roma MPC 21 3 Igrejas existentes devem plantar novas igrejas - Ver a fé cristã firmemente estabelecida no grande centro do mundo conhecido, era uma de suas [de Paulo] mais caras esperanças e estava entre seus mais acalentados planos. Uma igreja já havia sido estabelecida em Roma, e o apóstolo desejava conseguir a cooperação dos crentes dali na obra a ser promovida na Itália e em outros países. A fim de preparar o caminho para os seus trabalhos entre esses irmãos, como ainda eram estranhos, enviou-lhes uma carta, anunciando seu intento de visitar Roma e sua esperança de plantar o estandarte da cruz na Espanha (Sketches From the Life of Paul, p. 187 [1883]; AA, p. 373 [1911]). MPC 21 4 Paulo, o prisioneiro, ainda testemunhava - Roma era nessa ocasião a metrópole do mundo. Os arrogantes Césares estavam dando leis a quase todas as nações da Terra. Reis e cortesãos não tomavam conhecimento do humilde Nazareno ou O consideravam com ódio e desprezo. E, contudo, em menos de dois anos o evangelho teve acesso da modesta casa do prisioneiro aos recintos imperiais. Paulo estava em cadeias como um malfeitor, mas "a Palavra de Deus não está presa" (2Tm 2:9) (AA, p. 461, 462 [1911]). MPC 22 1 Autoridades podem incrementar as possibilidades evangelísticas - Pelo favorecimento daqueles que tinham Paulo sob sua guarda, foi a este permitido morar em uma casa cômoda, onde podia encontrar-se livremente com seus amigos e também apresentar diariamente a verdade aos que o iam ouvir. Assim, durante dois anos continuou seus esforços, "pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum" (At 28:31) (AA, p. 453 [1911]). MPC 22 2 Os conversos em posições de responsabilidade podem testemunhar onde se encontram - Não somente houve conversos ganhos para a verdade na casa de César, mas depois de sua conversão eles permaneceram nessa casa. Não se sentiram na liberdade de abandonar seu posto de dever por não lhes ser mais favorável o ambiente. A verdade os achara ali, e ali permaneceram testificando por sua vida e caráter mudados do poder transformador da nova fé (AA, p. 466 [1911]). ------------------------Capítulo 2 -- Uma Obra Essencíal Para Este Tempo MPC 23 1 A perspectiva de Deus deve se tornar nossa perspectiva - Bom seria se pudéssemos ver as necessidades dessas cidades como Deus as vê! Em um momento como este, cada pessoa tem de participar. O Senhor vem, aproxima-se o fim, sim, está muito próximo! Em breve não poderemos trabalhar tão livremente quanto agora. Cenas terríveis estão perante nós e o que temos por fazer devemos fazê-lo rapidamente (T9, p. 101 [1909]). MPC 23 2 Muitos não sentem responsabilidade para com as pessoas -- As grandes cidades deveriam ter sido trabalhadas assim que as igrejas receberam a luz, porém muitos não têm sentido sobre seus ombros o peso dessa responsabilidade; e Satanás, encontrando-os susceptíveis às suas tentações, os impediu de realizar essa experiência. Deus pede que Seu povo se arrependa, se converta e retorne ao primeiro amor, o qual foi perdido em virtude do fracasso em seguir os passos do abnegado Redentor (T9, p. 140 [1909]). MPC 23 3 Muito pouca atenção dada às cidades - Contemplemos as cidades e sua necessidade do evangelho! Durante mais de vinte anos me foi lembrada a necessidade de obreiros zelosos entre as multidões que povoam as cidades. Quem se preocupa com as grandes cidades? Uns poucos apenas; quase nenhuma atenção, porém, tem sido dedicada a essa obra, em comparação com as necessidades imensas e as inúmeras oportunidades (T9, p. 97 [1909]). MPC 23 4 Obra em favor das cidades muito aquém do plano de Deus - A importância de abrirmos nosso caminho nas grandes cidades ainda é mantida diante de mim. Por El muitos anos o Senhor nos tem imposto esse dever e, contudo, vemos relativamente pouca coisa realizada em nossos grandes centros de população. Se não assumirmos esse trabalho de modo resoluto, Satanás multiplicará dificuldades que não serão vencidas facilmente. Estamos muito aquém na obra que devia ter sido feita nessas cidades há tanto tempo negligenciadas. O trabalho será agora mais difícil do que teria sido alguns anos atrás. Mas se assumirmos a tarefa em nome do Senhor, barreiras serão quebradas, e evidentes vitórias nos pertencerão (Carta 148, 1900; MS, p. 301, 302). MPC 24 1 Necessidade de oração e esforço em favor das cidades - Preocupamonos muito pouco pelos inconversos. Nunca houve um tempo em que o mundo precisasse mais de nós do que agora. Por toda parte ao nosso redor há cidades inadvertidas. Pessoas estão a perecer, e o que estamos fazendo? Precisamos sentir por elas uma responsabilidade tal como muitos de nós jamais experimentamos. [...] MPC 24 2 Mal chegamos a crer nessas verdades. Se o fizéssemos, haveria mais oração e diligência em procurar levar essas verdades aos habitantes das cidades de nossa terra. Deus nos chama agora para uma sólida obra nas cidades (Manuscrito 23, 1910). MPC 24 3 As cidades devem ser trabalhadas sem demora - A mensagem que me é ordenado dar a nosso povo neste tempo é: Evangelizem sem demora as cidades, porque o tempo é curto. O Senhor tem mantido diante de nós esse trabalho faz vinte anos ou mais. Alguma coisa tem sido feita em alguns lugares, mas poderia ser feito muito mais. Sinto o peso da responsabilidade dia e noite, porque tão pouco está sendo realizado para advertir os habitantes de nossos grandes centros populacionais, a respeito dos juízos que cairão sobre os transgressores da lei de Deus (Carta 168, 1909; MS, p. 300). MPC 24 4 A mensagem deve ser dada rapidamente - O Senhor me mostrou que há uma obra a ser feita nas cidades, a qual é raramente empreendida. Essa questão da obra nas cidades deve se tornar vital para nós. Devemos agora traçar planos para uma obra vasta e ampla. A mensagem deve ser levada rapidamente. O grande atraso em executar a instrução do Senhor acerca da obra nas cidades tem tornado mais difícil o trabalho de alcançar todas as classes. Deve-se assumir imediatamente a obra, e o Senhor chama trabalhadores consagrados que se empenhem num fervoroso esforço, segundo a luz que Ele tem dado (Carta 42, 1909; MR17, p. 37). MPC 24 5 Necessita-se de trabalhadores em toda parte - Onde quer que o povo de Deus esteja, em cidades populosas, em povoados ou entre os retirados caminhos do interior, há um campo missionário doméstico, em favor do qual a comissão do Senhor lhe impõe a responsabilidade de trabalhar. Em cada cidade ou comunidade onde os cristãos se reúnem para adorar a Deus, há homens, mulheres e crianças a serem trazidos para o redil. Muitos nunca ouviram uma exposição da Palavra de Deus (Manuscrito 87, 1907; MR6, p. 323). MPC 25 1 A salvação deve ser oferecida aos habitantes da cidade - Sinto profunda ansiedade ao considerar as cidades que ainda não foram trabalhadas. Dia e noite está sobre mim o fardo - as cidades devem ser trabalhadas sem demora. A mensagem da verdade presente deve ser levada aos que não a ouviram. [...] MPC 25 2 Essa salvação é para os habitantes das cidades não trabalhadas. O tempo está rapidamente passando para a eternidade, e essas cidades mal foram tocadas até agora. Há um poder que o Espírito de Deus pode comunicar à verdade. Quando a luz brilha na mente, apodera-se dela uma convicção poderosa demais para ser rejeitada (Carta 150, 1909). MPC 25 3 Mensagem a ouvintes convictos - Em nossas grandes cidades, deve a mensagem avançar como uma lâmpada acesa. Deus suscitará obreiros para a Sua obra, e Seus anjos irão adiante deles. Ninguém impeça esses homens de cumprir a missão que Deus lhes confiou. Não os impeçam. Deus lhes deu sua obra. Que a mensagem seja proclamada com tanto poder que os ouvintes se convençam (RH, 30 de setembro de 1902; Ev, p. 70). MPC 25 4 Satanás se agrada porque milhares continuam em trevas - Milhares de pessoas em nossas cidades são deixadas em trevas, e Satanás está jubiloso com a demora, pois isso lhe dá oportunidade de trabalhar nesses campos com homens de influência para promover seus planos. Podemos confiar agora em que nossos homens de responsabilidade desempenhem humilde e nobremente sua parte? Que as sentinelas despertem! Que ninguém continue indiferente à situação. Deve haver completo despertamento entre os irmãos e irmãs de todas as nossas igrejas (Manuscrito 21, 1910; MS, p. 302). MPC 25 5 Ainda não testemunhados os poderosos resultados do evangelismo nas cidades - Não há mudança nas mensagens que Deus enviou no passado. O trabalho nas cidades é a obra essencial para este tempo. Quando as cidades forem trabalhadas como Deus deseja, o resultado será colocar em ação um poderoso movimento como nunca foi testemunhado. [...] MPC 25 6 Como um povo não estamos nem meio acordados para o senso de nossas necessidades e do tempo em que vivemos. Despertem as sentinelas. Nosso primeiro trabalho deve ser examinar o coração e nos reconvertermos. Não temos tempo a perder com decisões sem importância (Carta 46, 1910; MS, p. 304). Coobreiros De Cristo Nas Cidades MPC 26 1 O privilégio de ser coobreiro de Cristo - A obra de compartilhar aquilo que recebeu, definida para cada membro da igreja, torna-o um coobreiro de Deus. Por si mesmo você nada consegue realizar, mas Cristo é o grande Obreiro. É privilégio de cada ser humano que recebe a Cristo tornar-se obreiro ao lado dEle (T6, p. 449 [1900]). MPC 26 2 Chamados para trabalhar em harmonia com Cristo - "Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo." O cristão professo não deve se sentar e levar uma vida sossegada, como se nada houvesse a fazer. Há uma grande obra a ser realizada, e todos os que buscam a vida eterna devem cooperar com Jesus Cristo. "Não rogo somente por estes", disse o Salvador, "mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nós; para que o mundo creia que Tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que Me tens dado, para que sejam um, como Nós o somos; Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim (Jo 17:20-23)." MPC 26 3 Os ministros e o povo estão incluídos nessas palavras. Todos devem ser um, assim como Cristo era um com o Pai. Não pode haver perfeição na divisão. Aqueles que creem em Jesus Cristo serão um em seu interesse pelas pessoas que perecem fora de Cristo. O fato é que temos perdido de vista nossa responsabilidade individual, e precisamos assumi-la em nome do Senhor. Quando essa oração de Cristo for respondida em favor de Seu povo neste tempo, quando essa unidade existir entre os adventistas do sétimo dia, uma tremenda influência emanará deles sobre o mundo. Reformas ocorrerão. Primeiro em nossas fileiras, e depois naqueles em favor dos quais trabalhamos, será vista a transformação de caráter pela qual Cristo orou tão fervorosamente. [...] MPC 26 4 Meus irmãos e irmãs, estudemos para saber qual é a obra que nos cabe individualmente. Vocês têm algo a fazer por aqueles que os rodeiam e pelos que estão distantes. Não temos o direito de investir todos os nossos meios na satisfação da vida presente. Não temos o direito de gastar dólares na glorificação e condescendência própria. Os juízos de Deus que virão sobre a Terra certamente não estão distantes, e devemos estar em pé, fazendo nossa parte. Ao considerarmos o que Cristo sofreu por nós, devemos buscar chegar a uma posição de negação e sacrifício próprios, para que ajudemos na salvação das pessoas que se encontram em perigo de destruição eterna. Não temos desculpas para apresentar a Deus quanto à negligência dessa obra. MPC 27 1 Estamos nos preparando para o juízo? Estamos nos preparando para encontrar o Senhor? Há uma obra a ser feita pelos que estão longe e pelos que estão perto. Devemos entrar nas cidades, vilas e povoados que ficaram sem a mensagem de advertência para estes últimos dias. Não percebemos como estamos perto do fim da história da Terra. Não percebemos o valor das pessoas pelas quais Cristo deu Sua preciosa vida. Necessitamos vestir o manto da justiça de Cristo e trabalhar com Ele, com Seus ministros, em harmonia com todos os que verdadeiramente creem na verdade para este tempo (Manuscrito 91, 1909). MPC 27 2 Parceiros de Deus na salvação da humanidade - É a graça de Deus que nos leva a obedecer à Sua lei, a transcrição do divino caráter. É o conhecimento de Cristo Jesus que devemos cultivar ao máximo de nossa capacidade, a fim de podermos ser praticantes de Sua palavra. [...] Deixaremos Jesus contente? Causaremos alegria entre os anjos de Deus? Podemos fazê-lo ao cooperar com Deus na busca e salvação daqueles que estão perdidos. [...] Não cooperaremos com os anjos celestiais na obra de salvar a humanidade caída? (SSW, janeiro de 1896). Os Obreiros Devem Ser Encorajados MPC 27 3 Obreiros nas cidades precisam de encorajamento - Os que estão empenhados no difícil e probante trabalho das cidades devem receber todo ânimo possível. Não sejam submetidos a maldosas críticas por parte de seus irmãos. Precisamos ter cuidado dos obreiros do Senhor que estão expondo a luz da verdade aos que estão nas trevas do erro. Temos presente diante de nós uma elevada norma (Carta 168, 1909; MS, p. 309, 310). MPC 27 4 Não desanimar - Os mensageiros de Deus nas grandes cidades não devem ficar desanimados com a impiedade, a injustiça, a depravação a que são chamados a enfrentar enquanto procuram proclamar as alegres novas da salvação. O Senhor aspira a confortar cada um desses obreiros com a mesma mensagem que deu ao apóstolo Paulo na ímpia Corinto: "Não temas, mas fala, e não te cales; porque Eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade" (At 18:9, 10). Lembrem-se, os que se empenham no ministério de salvar pessoas, que, embora haja muitos que não aceitarão o conselho de Deus em Sua Palavra, o mundo inteiro não se desviará da luz e da verdade, dos convites de um Salvador perdoador e paciente. Em cada cidade, cheia como possa estar de violência e crime, há muitos que, devidamente ensinados, aprendem a se tornar seguidores de Jesus. Milhares podem assim ser alcançados com a verdade salvadora e levados a receber Cristo como um Salvador pessoal (PR, p. 277 [1917]). MPC 28 1 Não desfazer a obra que Deus chama outros a fazer - Devemos nos educar segundo a ordem divina para não demolir, mas promover os interesses da humanidade. Os obreiros não devem se afastar. Terão que enfrentar desalentos que vêm de fora, e ninguém que alegue estar reparando a brecha na lei de Deus, edificando os antigos lugares assolados, restaurando o fundamento de muitas gerações, deve ser encontrado desfazendo a obra que Deus encarregou Seus obreiros de executar em diferentes ramos de Sua causa (ST, 3 de julho de 1893). MPC 28 2 Acautelar-se contra os que procuram desestimular o evangelismo nas cidades - Nossa pecaminosa condição de mornidão tem-se estabelecido há anos. Estamos muito atrasados no seguir a instrução dada, de entrar nas cidades e erigir monumentos para a causa da verdade presente. Por muitos anos, as instruções nos foram repetidas acerca do trabalho a ser feito nas cidades; contudo, parece haver uma letargia mortal sobre muitos ministros e o povo. Alguns poucos há que têm feito tudo em seu poder, mas o fardo dessa obra não tem sido levado ao coração do nosso povo; eles não são persuadidos a cooperar, e a pôr em ordem as coisas que restam, que estão prontas a morrer. [...] MPC 28 3 Alguns há que não aceitaram as mensagens que Deus tem enviado, e estes semearam as sementes da incredulidade, a ponto de as ervas daninhas brotarem e se multiplicarem. [...] Aqueles que atrapalharam a obra de Deus pelos últimos quinze anos não devem ser mantidos nem conservados em cargos de influência (RH, 23 de julho de 1908). MPC 28 4 A falta de estímulo e apoio desagrada a Deus - Demos graças ao Senhor por haver alguns obreiros que estão fazendo tudo quanto é possível para erguer memoriais para Deus em nossas cidades negligenciadas. Devemos nos lembrar de que é nosso dever animar esses obreiros. Deus não Se agrada da falta de valorização e de cooperação para com os fiéis obreiros que trabalham em nossas grandes cidades (Manuscrito 154, 1902; Ev, p. 42). MPC 28 5 Satanás procura desanimar os obreiros nas cidades - Ao vocês olharem para as cidades, tão cheias de iniquidade, Satanás lhes dirá que é impossível fazer-lhes algum bem. As cidades estão tristemente negligenciadas. Vocês nunca conhecerão o valor da pérola enquanto não se empenharem por encontrá-la (Manuscrito 13, 1895; MR10, p. 227). ------------------------Capítulo 3 -- Desafios Da Cídade MPC 30 1 A obra de Satanás é evidente nas cidades - Satanás está ativamente em operação em nossas cidades populosas. Sua obra é observada na confusão, na luta e discórdia entre o capital e o trabalho, bem como na hipocrisia que penetrou nas igrejas. Para que as pessoas não tenham tempo para meditação, Satanás as leva para uma rotina de frivolidades 1 e busca de prazeres, de comidas e bebidas. Enche-as da ambição de se exibirem, para que se exaltem. Passo a passo, o mundo está ficando nas condições que reinavam nos dias de Noé. Todo crime que se possa imaginar é cometido. A concupiscência da carne, a soberba dos olhos, a ostentação do egoísmo, o abuso do poder, a crueldade e a força empregados para fazer com que os homens se liguem às confederações e sindicatos - atando a si mesmos em feixes para a queima dos grandes fogos dos últimos dias -, tudo isso é operação de instrumentos satânicos. A esse círculo de crime e de loucura o ser humano chama "vida". [...] MPC 30 2 O mundo que age como se não houvesse Deus, absorto em empreendimentos egoístas, cedo sofrerá repentina destruição, e não escapará. Muitos continuam na descuidada satisfação própria, até que se tornam tão cansados da vida, que se suicidam. Danças, bebedeiras, o vício de fumar e a satisfação dos desejos sexuais levam os homens como bois para o matadouro. Satanás opera com todos os seus artifícios e com seus enganos para manter os seres humanos marchando, como cegos, para a frente, até que o Senhor Se erga de Seu lugar, para castigar os habitantes da Terra por causa de suas iniquidades, quando a Terra exporá seu sangue e não mais enterrará seus mortos. O mundo inteiro parece estar em marcha para a morte (Manuscrito 139, 1903; Ev, 26). MPC 30 3 Agentes satânicos organizam a oposição à lei de Deus - Pessoas têm se aliado para se opor aos exércitos do Senhor. Essas alianças continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessor diante do propiciatório e vista as roupas da vingança. Agentes satânicos encontram-se em todas as cidades, ocupados em organizar os grupos que se opõem à lei de Deus. Alguns que professam ser santos e outros declaradamente incrédulos filiam-se a esses partidos. Não é hora de o povo de Deus mostrar fraqueza. Não podemos deixar de ficar alerta um momento sequer (T8, p. 42 [1904]). MPC 31 1 O conflito entre o bem e o mal continuará enquanto o tempo durar - Terrível é a luta que se trava entre as forças do bem e do mal em centros importantes nos quais os mensageiros da verdade são chamados ao trabalho. "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue", declarou Paulo, "mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século" (Ef 6:12). Até o fim dos tempos haverá conflito entre a igreja de Deus e os que estão sob o controle dos anjos maus (AA, p. 219 [1911]). MPC 31 2 Agentes satânicos dificultam o trabalho nas cidades - Nós não compreendemos a que extensão os agentes de Satanás estão trabalhando nessas grandes cidades. A obra de levar a mensagem da verdade presente perante o povo está se tornando cada vez mais difícil. É essencial que novos e variados talentos se unam em inteligente trabalho pelo povo (Carta 168, 1909; MS, p. 300). Pobreza E Desemprego MPC 31 3 As pessoas foram criadas para a atmosfera do Céu - Os seres humanos não foram criados para se sujeitar à pobreza, à enfermidade e ao sofrimento, para uma descuidada desatenção às suas carências físicas e espirituais, mas para a dignidade, a pureza e a elevação do caráter nesta vida, e para a alegria indescritível e cheio de glória na futura vida imortal. As misericórdias de Deus são distribuídas e diversificadas por toda a Terra; e, se o ser humano fosse obediente às leis da natureza, não haveria uma décima parte da miséria que agora existe. A saúde e a vida são postas em perigo pela tolerância para com o apetite. Nossos sofrimentos resultam com mais frequência do uso imprudente da fartura do que da escassez. Os homens jovens de nossas grandes e pequenas cidades são rodeados de tentações para condescender com o apetite pervertido. A pílula do vício é muito atraente; como as maçãs de Sodoma, parece bela por fora, mas contém cinzas por dentro (FPR, 30 de março de 1879). MPC 31 4 As dificuldades dos pobres requerem auxílio urgente - Há nas grandes cidades multidões que recebem menos cuidado e consideração do que os que são concedidos aos animais irracionais. Pensem nas famílias amontoadas como rebanhos em miseráveis cortiços, sombrios porões, muitos deles exalando umidade e imundície. Nesses sórdidos lugares, as crianças nascem, crescem e morrem. Nada veem das belezas naturais que Deus criou para deleitar os sentidos e elevar o coração. Rotas e quase morrendo de fome, vivem elas entre os maus hábitos e a depravação, moldadas no caráter pela miséria e o pecado que as rodeia. As crianças só ouvem o nome de Deus de maneira profana. A linguagem suja, as imprecações e os insultos enchem-lhes os ouvidos. As exalações da bebida e do fumo, nocivos maus cheiros e degradação moral pervertem-lhes os sentidos. Assim, se preparam multidões para se tornarem criminosos, inimigos da sociedade que os abandonou à miséria e à degradação. MPC 32 1 Nem todos os pobres dos becos das cidades pertencem a essa classe. Homens e mulheres tementes a Deus têm sido levados aos extremos da pobreza por doença ou infortúnio, muitas vezes causados pelos desonestos planos dos que vivem à custa dos semelhantes. Muitos que são retos e bemintencionados ficam pobres por falta de preparo profissional. Por ignorância, se acham inaptos para lutar com as dificuldades da vida. Vagando sem rumo pelas cidades, são muitas vezes incapazes de achar emprego. Rodeados de cenas e sons atrativos para o vício, são sujeitos a terríveis tentações. Associados e muitas vezes classificados com os viciados e os degradados, é somente por uma luta sobre-humana, um poder acima do finito, que podem ser preservados de cair no mesmo abismo. Muitos se apegam firmemente a sua integridade, preferindo sofrer a pecar. Essa classe, em especial, requer auxílio, solidariedade e ânimo (CBV, p. 189, 190 [1905]). MPC 32 2 Com frequência, os pobres não sabem onde buscar alívio - Multidões lutam contra a pobreza, obrigadas a trabalhar arduamente por salários ínfimos, sem poderem adquirir as coisas mais indispensáveis à vida. O cansaço e as privações, sem a menor esperança de coisas melhores, tornam-lhes muito pesada a carga. Se a isso forem acrescentadas a enfermidade e a dor, então sua vida se torna quase insuportável. Minadas pelas preocupações e oprimidas, não sabem onde buscar alívio (T9, p. 90 [1909]). A Exploração Dos Pobres Pelos Ricos MPC 32 3 Os ricos se tornam abastados ao oprimir outras pessoas - O inimigo tem conseguido perverter a justiça e encher do desejo de ganho egoísta o coração das pessoas. "A justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar" (Is 59:14). Nas cidades grandes há multidões vivendo em pobreza e miséria, quase privadas de alimento, abrigo e vestuário, ao passo que nas mesmas cidades há os que têm mais do que o coração poderia desejar, que vivem no luxo, gastando o dinheiro com casas ricamente mobiladas, com adornos pessoais, ou, pior ainda, com a satisfação dos desejos sexuais, com bebidas alcoólicas, fumo e outros artigos que destroem as capacidades mentais, desequilibram a mente e degradam a vida. Sobem para Deus os clamores da humanidade que perece de fome, ao mesmo tempo em que, por toda sorte de opressões e extorsões, as pessoas acumulam enormes fortunas (T9, p. 11, 12 [1909]). MPC 33 1 Deus proíbe o enriquecimento às custas da exploração do pobre -- A Palavra de Deus não aprova nenhum plano que enriqueça uma classe pela opressão e o sofrimento de outra. Em todas as nossas transações comerciais, ela nos ensina a colocar-nos no lugar daqueles com quem estamos tratando, a considerar, não somente o que é nosso, mas também o que é dos outros. Aquele que se aproveitasse do infortúnio de outro para se beneficiar a si mesmo, ou que buscasse para si lucros por meio da fraqueza ou incompetência de outros seria um transgressor, tanto dos princípios como dos preceitos da Palavra de Deus (CBV, p. 187 [1905]). MPC 33 2 O ano sabático e o jubileu promoviam a igualdade social - O Senhor queria restringir o amor desordenado à propriedade e ao poderio. Grandes males resultariam da acumulação contínua da riqueza por uma classe, e da pobreza e degradação por outra. Sem restrição alguma, o poderio dos ricos se tornaria um monopólio, e os pobres, se bem que sob todos os aspectos perfeitamente tão dignos à vista de Deus, seriam consi-derados e tratados como inferiores aos seus irmãos mais prósperos. MPC 33 3 A consciência dessa opressão despertaria as paixões das classes mais pobres. Haveria um sentimento de aflição e desespero que teria como tendência desmoralizar a sociedade e abrir as portas aos crimes de toda espécie. Os estatutos que Deus estabelecera destinavam-se a promover a igualdade social. As disposições do ano sabático e do jubileu em grande medida colocariam em ordem aquilo que no intervalo anterior havia ido mal na economia social e política da nação (PP, p. 534 [1890]). Alguns Prestam Auxílio MPC 33 4 Compassiva ajuda aos pobres - Há homens e mulheres de grande coração, os quais meditam ansiosamente na situação dos pobres, e nos meios pelos quais possam ser aliviados. Um problema para o qual muitos estão buscando uma solução é como os desempregados e os que não têm lar podem ser ajudados em obter as bênçãos comuns da providência de Deus e viver a vida que Ele planejava que o ser humano vivesse. Mas não há muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as causas que se acham no fundo do atual estado da sociedade. Os que controlam o governo são incapazes de resolver o problema da corrupção moral, da pobreza, da miséria e do crime crescente. Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais em base mais segura (CBV, p. 183 [1905]). Sindicatos MPC 34 1 Os sindicatos contribuem para aumentar as dificuldades na cidade - Em razão de monopólios, sindicatos e greves, as condições da vida nas cidades estão se tornando cada vez mais difíceis. Sérias aflições encontram-se perante nós; e sair das cidades se tornará uma necessidade para muitas famílias (CBV, p. 364 [1905]). MPC 34 2 Obreiros em perigo devido aos sindicatos - Em todas as nossas cidades haverá uma ligação em grupos pelas confederações e uniões formadas. Homens dominarão outros homens e deles exigirão muita coisa. A vida dos que recusam se ligar a essas uniões estará em perigo. Tudo está sendo preparado para a última grande obra a ser feita por Aquele que é poderoso para salvar e poderoso para destruir (Manuscrito 145, 1902; MR3, p. 42). MPC 34 3 Pertencer a um sindicato impede a guarda do Decálogo - Essas uniões são um dos sinais dos últimos dias. Os homens estão se unindo em feixes prontos para ser queimados. Podem eles ser membros da igreja, mas, enquanto pertencerem a essas uniões, possivelmente não poderão observar os mandamentos de Deus, pois pertencer a essas uniões significa desrespeitar todo o Decálogo (Carta 26, 1903; Mar, p. 180). MPC 34 4 Entre os esforços finais de Satanás está a formação de sindicatos - A formação dessas uniões trabalhistas é um dos últimos esforços de Satanás. Deus chama Seu povo a sair das cidades, isolando-se do mundo. Virá o momento em que terão que fazer isso. Deus cuidará daqueles que O amam e guardam os Seus mandamentos (Carta 26, 1902; MR3, p. 43). Contaminados Pela Cultura Popular MPC 34 5 Recursos desperdiçados com diversões sem valor - A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o vendaval da agitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que diz respeito à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Essas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível. MPC 35 1 Uma das mais sutis e perigosas tentações que assaltam as crianças e jovens nas cidades é o amor aos prazeres. São diversos feriados; jogos e corridas de cavalos arrastam milhares, e a onda de satisfação e prazer atrai-os para longe dos simples deveres da vida. O dinheiro que deveria haver sido economizado para melhores fins é desperdiçado em divertimentos (CBV, p. 364 [1905]). MPC 35 2 As cidades tornam-se como Sodoma e Gomorra - As cidades de nosso tempo tornam-se rapidamente como Sodoma e Gomorra. Os muitos feriados estimulam a ociosidade. Os divertimentos - o teatro, corridas de cavalo, jogos, as bebidas alcoólicas, banquetes e orgias - estimulam ao extremo todos os desejos. A juventude é arrastada pela corrente popular. Aqueles que aprendem a amar os divertimentos apenas pelo prazer abrem a porta para uma onda de tentações. Entregam-se a prazeres sociais 2 e satisfações loucas, e sua relação 3 com os amantes de prazeres tem efeito intoxicante sobre a mente. São arrastados de uma a outra forma de dissipação, até perderem, não apenas o desejo como a capacidade para a vida útil. Suas aspirações religiosas esfriam; a vida espiritual é obscurecida. Todas as nobres capacidades da mente, tudo que liga o homem ao mundo espiritual é rebaixado (PJ, p. 54, 55 [1900]). MPC 35 3 Desrespeitada a liberdade de ação individual - A própria atmosfera dessas cidades está cheia de contaminação destrutiva. Não se respeita a liberdade de ação individual; o tempo de um homem não é considerado como sendo realmente seu; espera-se que proceda como os demais. [...] MPC 35 4 A dedicação às diversões e a observância de tantos feriados proporcionam grande ocupação aos tribunais, aos oficiais e juízes, e aumentam a pobreza e a miséria, que não precisariam estar aumentando (SpTEd, p. 88 [1897]; FEC, p. 313). MPC 35 5 Crianças sem supervisão criam relações prejudiciais - Pais, com a família, afluem às cidades porque na sua fantasia pensam ser mais fácil ganhar o pão ali do que no campo. Os filhos, não tendo nada que fazer quando não estão na escola, obtêm a educação da rua. Das más relações adquirem maus hábitos e desregramento. Os pais veem tudo isso, mas exigiria um sacrifício corrigir seu erro, e assim eles as deixam ficar onde estão, até que Satanás ganhe controle completo sobre seus filhos (T5, p. 232 [1882]). Poluição Ambiental MPC 36 1 A poluição frequentemente põe em risco a saúde - O ambiente material das cidades constitui muitas vezes um perigo para a saúde. O estar constantemente sujeito ao contato com doenças, o predomínio de ar poluído, água e alimento impuros, as casas cheias, obscuras e insalubres, são alguns dos males a enfrentar. Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades, se amontoasse em habitações coletivas (CBV, p. 365 [1905]). MPC 36 2 O ambiente urbano acrescenta problemas de saúde para os enfermos - O barulho, a confusão e agitação das cidades, sua vida constrangida e artificial, são muito fatigantes e exaustivos para o doente. O ar, carregado de fumaça e pó, de gases venenosos e de germes de doenças, constitui um perigo para a vida. Os doentes se encerram, na maioria dos casos, dentro de quatro paredes, e chegam a se sentir, por assim dizer, prisioneiros em seu quarto. Ao olharem para fora, os olhos avistam casas, calçadas, multidões apressadas, sem ter talvez uma pequena porção do céu azul ou da luz do sol, de relvas verdes, flores ou árvores. Assim contaminados, detêm-se em seus sofrimentos e dores, tornandose presa dos próprios pensamentos tristes. MPC 36 3 E para os que são fracos em poder moral, as cidades são cheias de perigos. Nelas, os doentes que têm apetites pervertidos a vencer se encontram continuamente expostos à tentação. Eles necessitam ser colocados em novos ambientes, onde haja novo rumo à corrente de seus pensamentos; precisam ser postos sob influências inteiramente diversas das que lhes tornaram infeliz a vida e, por algum tempo, afastados de tudo que desvia de Deus, para uma atmosfera mais pura (CBV, p. 262, 263 [1905]). Crime E Corrupção MPC 36 4 Existe uma "epidemia de crime" por toda parte - Vivemos em meio de uma epidemia de crime, diante da qual ficam estupefatos os homens zelosos e tementes a Deus em toda parte. A corrupção que predomina está além da descrição humana. Cada dia traz novas revelações de conflitos políticos, de subornos e fraudes. Cada dia traz seu doloroso registro de violência e transgressão, de indiferença aos sofrimentos do próximo, de brutal e diabólica destruição de vidas humanas. Cada dia testifica do aumento da loucura, do assassinato, do suicídio. Quem pode duvidar que agentes satânicos se achem em operação entre os homens, numa atividade crescente, para perturbar e corromper a mente, contaminar e destruir o corpo? MPC 37 1 E enquanto o mundo se acha cheio desses males, o evangelho é tantas vezes apresentado de maneira tão indiferente, que não produz senão uma fraca impressão na consciência ou vida das pessoas. Há por toda parte corações clamando por qualquer coisa que não possuem (CBV, p. 142, 143 [1905]). MPC 37 2 Cidades cheias de crime no mundo inteiro - Em todo o mundo, as cidades estão se tornando ambiente propício para os maus hábitos. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se coisas que estimulam a sensualidade e o desregramento. Tem aumentado incessantemente a onda da corrupção e do crime. Cada dia acontece um registro de violência: roubos, assassinatos, suicídios e crimes indescritíveis (CBV, p. 363 [1905]). MPC 37 3 O aumento do crime resulta da rejeição de Deus - Realmente está vindo uma culpabilidade quase universal rapidamente sobre os habitantes das cidades, devido ao constante aumento de notória impiedade. [...] MPC 37 4 De século a século, Satanás tem procurado conservar os seres humanos na ignorância dos beneficentes desígnios de Jeová. Ele tem procurado desviar-lhes de vista os grandes fatos da lei de Deus - os princípios de justiça, misericórdia e amor nela contidos. Os homens se gloriam do maravilhoso progresso e esclarecimento do século em que estão agora vivendo, mas Deus vê a Terra cheia de iniquidade e violência. Declaram os homens que a lei de Deus foi anulada, que a Bíblia não é autêntica; e como resultado, uma maré de males, tal como não se tem visto desde os dias de Noé e do apóstata Israel, está tomando conta do mundo. Nobreza de coração, bondade, piedade são trocadas para satisfazer a cobiça por coisas proibidas. O negro registro de crimes cometidos pelo amor ao ganho é suficiente para fazer gelar o sangue e encher o coração de horror. MPC 37 5 Nosso Deus é misericordioso. Com longanimidade e terna compaixão Ele trata com o transgressor da Sua lei. E, contudo, nestes nossos dias, quando homens e mulheres têm tantas oportunidades para se familiarizar com a divina lei como revelada nas Santas Escrituras, o grande Governador do Universo não pode olhar com satisfação alguma as ímpias cidades, onde reina a violência e o crime. O fim da tolerância de Deus com os que persistem na desobediência está se aproximando rapidamente (PR, p. 275, 276 [1917]). MPC 37 6 O crime nas cidades aumenta continuamente - Os jovens de nossas cidades respiram a manchada e poluída atmosfera do crime. A má influência é então comunicada ao campo, e toda a comunidade fica contaminada. Os governantes não são homens de valor moral, mas homens bem supridos com os bens deste mundo, e não têm o desejo nem a disposição de controlar o crescimento dessa raiz de amargura que aumenta ano a ano, e é promovida e alimentada por publicações como essas que agora são vendidas em toda parte, e por histórias e descrições de práticas criminosas como as que são encontradas nos jornais do dia (Manuscrito 13 , 1895; MR10, p. 226). MPC 38 1 Deus olha com carinho para os jovens malfeitores - [Os adultos e outros jovens veem esses menores infratores como] fracos, decadentes, sem força moral, moralmente arruinados que comunicam suas más práticas a outros. O coração dos pais é ferido. Irmãos, irmãs e familiares falam dessas pobres pessoas como casos sem esperança, mas Deus olha para eles com [...] tristeza e carinho. Ele compreende todas as circunstâncias que os levaram à tentação, que os separaram de Deus. Como podem os jovens desta geração escapar da terrível desonra de desperdiçar a herança que lhes foi dada por Deus, vendendo seu direito de primogenitura como fez Esaú [...], traindo os sagrados interesses que lhes foram confiados para bênção da humanidade? Eles condescendem com apetites descontrolados e, pela cobiça de obter dinheiro, afundam em práticas desonestas. MPC 38 2 Esses pobres jovens precisam ser postos em contato com princípios bíblicos elevados e puros. Mas, primeiro, a obra de restauração deve começar por oferecer-lhes alimento saudável, e condições para manter limpo o corpo e o vestuário - e algumas centelhas de gratidão começarão a reluzir (Manuscrito 14a, 1897). Os Juízos De Deus Sobre As Cidades MPC 38 3 A quebra da Lei traz os juízos de Deus - Estando eu em Loma Linda, Califórnia, em 16 de abril de 1906, uma cena muito assombrosa me foi revelada. Numa visão noturna, estava eu numa elevação de onde via as casas sacudidas como o vento sacode o junco. Os edifícios, grandes e pequenos, eram derrubados. Os locais de recreação, teatros, hotéis e mansões suntuosas eram sacudidos e arrasados. Muitas vidas eram destruídas e os lamentos dos feridos e aterrorizados enchiam o espaço. MPC 38 4 Os anjos destruidores, enviados por Deus, estavam atuando. A um simples toque, os edifícios tão solidamente construídos que os homens consideravam à prova de qualquer perigo, ficavam reduzidos a um montão de escombros. Nenhuma segurança havia em parte alguma. Eu não me sentia em perigo, mas não consigo descrever as cenas terríveis que me foram apresentadas. Parecia que a paciência divina se havia esgotado, e tinha chegado o dia do juízo. MPC 39 1 O anjo que estava ao meu lado me disse, então, que poucas pessoas se dão conta da maldade existente no mundo atual, especialmente nas grandes cidades. Declarou que o Senhor determinou um dia em que Sua ira castigará os transgressores pelo persistente menosprezo da Sua lei. MPC 39 2 Embora terrível, a cena que me foi revelada, mas o que realmente me deixou impressionada foram as instruções que recebi nessa ocasião. O anjo que estava ao meu lado declarou que a suprema soberania de Deus, o caráter sagrado da Sua lei, devem ser manifestados aos que obstinadamente se recusam a obedecer ao Rei dos reis. Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e se aperceber da pecaminosidade do seu procedimento (T9, p. 92, 93 [1909]). MPC 39 3 A impiedade não se restringe a alguma cidade específica - Considere a cidade de San Francisco. O que trouxe os juízos de Deus sobre essa cidade? Lemos a resposta nas revelações que se têm feito da corrupção daqueles que ocupavam altos cargos. Corrupção, embriaguez e roubos são descobertos por todo lado. E essa condição de iniquidade não existe apenas em San Francisco. Nós, que temos a verdade, entendemos o significado dessas condições e eventos. MPC 39 4 Vivemos no último entardecer da história da Terra. Não é o momento de cada pessoa se colocar em relação correta com Deus, para desempenhar uma parte individual na edificação do reino de Cristo? (Manuscrito 73, 1909; SAT2, p. 314, 315). Declarações Sensacionalistas Prejudicam O Evangelismo Nas Cidades MPC 39 5 Não devem ser feitas declarações alarmistas - "Não muitos anos atrás, um irmão trabalhando na cidade de Nova York publicou algumas notícias muito assustadoras acerca da destruição daquela cidade. Escrevi imediatamente aos encarregados da obra ali, dizendo que não era sábio publicar tais notícias; que assim se poderia levantar uma excitação que acabaria criando um movimento fanático, prejudicando a causa de Deus. É suficiente apresentar a verdade da Palavra de Deus ao povo. Notícias sensacionalistas são prejudiciais ao progresso de Sua obra." [...] MPC 39 6 "Agora vem a notícia segundo a qual declarei que Nova York deveria ser varrida por um maremoto. Isso eu nunca disse. Eu disse, ao olhar para os grandes edifícios que se erguem, andar após andar: 'Que cenas terríveis ocorrerão quando o Senhor Se levantar para sacudir terrivelmente a Terra! Então, as palavras de Apocalipse 18:1-3 se cumprirão.' Todo o capítulo 18 de Apocalipse é um aviso daquilo que sobrevirá à Terra. Mas não tenho luz especial a respeito do que sobrevirá a Nova York, mas sei que um dia os grandes edifícios que estão ali serão demolidos pela ação construtiva e destrutiva do poder de Deus. Pela luz que me foi dada, sei que a destruição está no mundo. Uma palavra do Senhor, um toque de Seu grandioso poder, e essas estruturas maciças cairão. Ocorrerão cenas cujo pavor não podemos imaginar." [...] MPC 40 1 "Há muitos com quem o Espírito de Deus está lutando. O tempo dos juízos destruidores da parte de Deus é o tempo de misericórdia para aqueles que não têm oportunidade de aprender o que é a verdade. O Senhor olhará para eles com carinho. Seu coração compassivo se comove, e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar." [...] MPC 40 2 "Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova York, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar sobre andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido construídos para glorificar seus proprietários e construtores. Erguiam-se eles cada vez mais alto, e neles era empregado o mais precioso material. [...] MPC 40 3 "Enquanto se erguiam esses edifícios, os proprietários se alegravam com ambicioso orgulho de que tivessem dinheiro para empregar na satisfação do próprio eu [...]. Grande parte do dinheiro que assim empregavam havia sido alcançado por extorsões, oprimindo os pobres. No Céu se conserva registro de todas as transações comerciais; todo trato injusto, cada ato fraudulento, acha-se ali registrado. Virá o tempo em que em suas fraudes e insolências os seres humanos atingirão o ponto que o Senhor não permitirá que transponham, e aprenderão que há um limite para a longanimidade de Jeová. MPC 40 4 "A cena que em seguida passou perante mim foi um alarme de fogo. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente à prova de fogo, e diziam: 'Estão perfeitamente seguros.' Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de piche. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os bombeiros não conseguiam fazer funcionar as máquinas. MPC 40 5 "Fui instruída de que quando vier o tempo do Senhor, se não houver sido realizada mudança no coração dos soberbos, ambiciosos seres humanos, as pessoas descobrirão que a mão que fora forte para salvar, será igualmente forte para destruir. Nenhuma força terrestre poderá deter a mão de Deus. Não há como, na construção de edifícios, usar material que os preserve da destruição quando vier o tempo determinado por Deus para fazer cair sobre os seres humanos as retribuições do desrespeito à Sua lei e também da ambição egoísta (LS, p. 411-414 [1915; extratos de 1903, 1904, 1906]). ------------------------Capítulo 4 -- E Necessário Envolvimento Total Responsabilidade Para Com As Cidades MPC 41 1 A obra deve prosseguir com grande poder - Nossas cidades devem ser trabalhadas. Não é sábio devotar nossos esforços a outros empreendimentos dignos e deixar de trabalhar em nossas cidades, nas quais há grande número de pessoas de todas as nacionalidades. Deve haver um início agora, e meios precisam ser providenciados para que a obra avance. Com grande poder, o clamor deve soar novamente nos grandes centros populosos. [...] MPC 41 2 Há necessidade de dinheiro para a realização da obra em Nova York, Boston, Portland [Maine], Filadélfia, Buffalo, Chicago, St. Louis, New Orleans e em muitas outras cidades. Em alguns desses lugares, o povo foi grandemente agitado pela mensagem transmitida de 1842 a 1844, mas nos últimos anos pouco se tem feito, em comparação com a grande obra que devia estar em desenvolvimento. E parece difícil fazer nosso povo sentir uma responsabilidade especial pela obra nas grandes cidades ( Manuscrito 13, 1910; A Call to the Watchmen [panfleto 020], p. 4; porções em Ev, p. 34). MPC 41 3 A advertência deve ser dada ao mundo todo - Noite após noite não consigo dormir por causa dessa responsabilidade que sobre mim pesa em prol das cidades não advertidas. Noite após noite estou orando e buscando idealizar métodos pelos quais possamos ir a essas cidades e transmitir-lhes a mensagem de advertência. Ora, existe um mundo a ser advertido e salvo, e temos que ir ao Oriente, ao Ocidente, ao Norte e ao Sul, e trabalhar inteligentemente em favor do povo que está ao nosso redor. Ao empreendermos essa obra, veremos a salvação de Deus. O estímulo virá (Manuscrito 53, 1909; Ev, p. 62). MPC 41 4 A obra local não deve ser negligenciada - Não sejam os campos que jazem junto às nossas portas, tais como as grandes cidades do nosso país, descuidados e negligenciados. [...] A obra no campo nacional constitui um problema vital atualmente. O tempo presente é a oportunidade mais favorável de que disporemos para trabalhar nesses campos. Muito em breve a situação será bem mais difícil (T8, p. 31, 32 [1904]). MPC 42 1 A obra continuará até o encerramento do tempo de graça - Como encontrar uma linguagem que expresse nosso profundo interesse, que descreva nosso desejo de que cada pessoa desperte e saia a trabalhar na vinha do Mestre? Cristo diz: "Ocupai-vos até que Eu volte." Pode levar apenas uns poucos anos até que a história de nossa vida se encerre, mas devemos nos ocupar até lá. Será feita a proclamação: "Continue o in-justo fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se", e então não haverá mais oportunidade de trabalho em favor das pessoas. Cada caso estará decidido (RH, 21 de abril de 1896). Aproveitar As Oportunidades MPC 42 2 Aproveitar cada oportunidade para trabalhar - Deus requer que demos a mensagem da verdade presente a cada cidade, e que não limitemos nosso empenho a alguns poucos lugares. Onde quer que se encontre uma abertura para a verdade, que para lá se designem homens capazes de apresentar seus ensinos com poder e convicção que alcancem os corações. [...] MPC 42 3 Que ninguém apresente o caminho do Senhor como sendo o caminho das invenções humanas. MPC 42 4 As palavras me foram ditas com um poderoso estímulo: Desperte os atalaias para que levem a mensagem de advertência a cada cidade nos Estados Unidos. [...] MPC 42 5 Não circulem pelas igrejas para repetir vez após vez as mesmas verdades ao povo, enquanto as cidades são deixadas em ignorância e pecado, não advertidas e não trabalhadas. Muito em breve o caminho será bloqueado e essas cidades serão fechadas para a mensagem do evangelho. Despertem os membros da igreja para que possam se unir na realização de uma obra definida e abnegada (Manuscrito 61, 1909; MR10, p. 215, 216). MPC 42 6 Entrar quando as portas se abrem - Deus pergunta: Por que não são estabelecidos nas cidades os Meus monumentos? Que resposta podemos dar? A obra negligenciada em nossas cidades testifica da falta de disposição cristã entre os crentes. Despertemos para a necessidade de estabelecer missões cristãs em nossas cidades. Que os obreiros de Deus entrem pelas portas que Ele lhes abriu. Os cristãos precisam se erguer e fazer MPC 43 1 muito mais do que estão agora fazendo em termos de esforço cristão (RH, 4 de fevereiro de 1904). MPC 43 2 Perdidas oportunidades de expansão - Se durante os últimos vinte anos tivesse havido em nossas grandes cidades esforços ativos e entusiastas para proclamar a mensagem da verdade, ela teria sido aceita por milhares que não apenas se alegrariam com ela, mas trabalhariam para partilhá-la com outros. [...] MPC 43 3 Em centros como Washington1, Mountain View2 e Nashville 3 não deveria haver um esforço para acrescentar novas responsabilidades e reunir mais famílias de cristãos, mas nossos irmãos nesses lugares deviam, antes, planejar como sair e estabelecer centros de influência em locais em que existe a necessidade de trabalho a ser feito (Carta 41, 1911). Alerta: As Portas Também Se Abrem Para Os Oponentes MPC 43 4 As portas se abrem tanto para a obra missionária quanto para os opositores da verdade - Deve-se travar uma guerra agressiva, com um espírito empenhado e abnegado que muitos desconhecem. À medida que se oferecem oportunidades, portas se abrem e a palavra da vida é levada ao povo, a oposição à verdade entra em ação. A porta que se abre para os missionários também se abrirá aos oponentes da verdade. Mas, se a verdade é apresentada como ela é em Jesus, os ouvintes são responsáveis por sua rejeição (RH, 2 de julho de 1895). Envolver Os Membros No Ministério À Comunidade MPC 43 5 Todos são chamados a despertar para as necessidades da cidade - Ao verem as cidades não trabalhadas, nossos irmãos se dão conta do tamanho da obra a ser feita. Muitos que, no passado, deviam ter estado bem despertos, atentando para as mensagens enviadas, estão dormindo. Nosso povo deve despertar agora. Se todos cumprirem seu dever, veremos a obra do Senhor levada avante com empenho. Que Deus nos ajude, é a minha oração (Carta 102, 1910). MPC 44 1 Necessita-se de cem obreiros onde agora existe um - As cidades estão repletas de iniquidade, e Satanás sugere que é impossível fazer algum bem dentro de seus limites; assim, elas são tristemente negligenciadas. Mas nelas há pérolas perdidas, cujo valor você não pode calcular até que sinceramente busque encontrá-las. Poderia haver cem obreiros onde existe apenas um, os quais se empenhariam com diligência, oração e intenso interesse, em busca das pérolas que estão mergulhadas no entulho dessas cidades (RH, 21 de abril de 1896). Ministros Chamados Ao Evangelismo Urbano MPC 44 2 Os ministros devem trabalhar as grandes cidades - Fui instruída a chamar a atenção de nossos pastores para as cidades que faltam ser trabalhadas, e a insistir com eles a fim de que, por todos os meios possíveis, abram caminho para a apresentação da verdade. Em algumas das cidades onde a mensagem da segunda vinda do Senhor foi antes proclamada, somos obrigados a iniciar o trabalho como se fosse um campo novo. Por quanto tempo ainda serão passados por alto esses campos estéreis, essas cidades difíceis? Sem demora, deve o lançamento da semente começar em muitos lugares (T9, p. 123 [1909]). Os Estudantes Devem Participar MPC 44 3 Engajamento de estudantes em várias formas de evangelismo -- Por intermédio dos primeiros discípulos, foi oferecida uma dádiva a Israel; o fiel evangelista de hoje fará obra semelhante em toda cidade em que nossos missionários entrarem. Essa é uma obra que, até certo ponto, temos procurado fazer em associação com alguns de nossos hospitais, mas devemos adquirir uma experiência mais ampla nessa área. MPC 44 4 Não podem os presidentes de nossas associações abrir o caminho para que os alunos de nossas escolas se empenhem nesse ramo de trabalho? Constantemente me tem sido apresentado que "deve haver grupos organizados e muito mais inteiramente preparados para trabalhar como enfermeiros, evangelistas, pastores, colportores, como estudantes do evangelho para desenvolverem um caráter à semelhança do divino" (Testimonies and Experiences Connected With the Loma Linda Sanitarium and College of Medical Evangelists [panfleto 095; 1906], p. 15; CS, p. 541). Envolvimento Dos Líderes Da Igreja MPC 44 5 Líderes da igreja devem auxiliar - Aos meus irmãos em posições de responsabilidade eu diria que as necessidades das cidades grandes têm sido postas diante de vocês. Mensagem após mensagem lhes foi dada acerca do seu dever. E agora, o que farão para que seja obedecida a ordem do Senhor? (Manuscrito 13, 1910). MPC 45 1 O avançado da hora requer ação imediata - Se nossos líderes se dessem conta da hora da noite, não deixariam nossas cidades inadvertidas e não se disporiam a fazer tão pouco para mudar a presente condição das coisas no mundo. Deus requer que toda pessoa que crê em Cristo saia e produza muito fruto. [...] MPC 45 2 Que haja menos sermões e mais humildade de coração, em súplica pela presença divina entre nós. Nossas reuniões devem ser momentos de humilde busca de Deus. Ah, quem dera sentíssemos nossa necessidade de Cristo e, por viva fé, reivindicássemos a promessa de Sua presença! (Carta 172, 1908; Spalding and Magan Collection, p. 436). MPC 45 3 Líderes que negligenciam as cidades são responsáveis diante de Deus - Sou instruída a dizer àqueles que por longo tempo têm dirigido a obra, e que por anos têm permitido que muitas de nossas grandes cidades permaneçam sem ser trabalhadas: O Senhor chamará a prestar contas aqueles que têm executado os próprios planos de realizar uma grande obra em alguns lugares, enquanto deixam por fazer a obra que devia ter sido feita em dar a última mensagem de advertência às muitas cidades grandes de nossa terra. Tem havido por parte de alguns uma vontade de proibir, um desejo de afastar da obra irmãos que desejavam ter parte nela. Alguns, na cegueira do coração, têm prejudicado a obra, e isso tem trazido incredulidade a muitas pessoas. Sou agora aconselhada a respeito da necessidade de empregar toda a nosa disposição e todos os nossos recursos para o avanço da obra. Necessitamos usar nossa influência para incentivar outros ao labor. Que seja estimulado o espírito de santificada atividade, em lugar do espírito que busque impedir e proibir, e se verá avanço onde, no passado, houve fracasso em seguir a vontade do Senhor (Manuscrito 61, 1909; MR10, p. 219). MPC 45 4 Líderes da Associação Geral chamados a fazer evangelismo urbano - Tenho visto que Satanás ficaria grandemente satisfeito ao ver os pastores [W W.] Prescott e [A. G.] Daniells assumirem a obra de uma revisão geral dos nossos livros que durante anos têm feito uma boa obra no campo. Mas nenhum dos dois foi chamado por Deus para essa obra. Se fossem dar início a esse trabalho, seria empregado muito tempo que deveria ser dedicado à proclamação da última mensagem de advertência a um mundo impenitente. MPC 45 5 O Senhor teria ficado satisfeito, caso o irmão , o pastor Prescott e seus associados assumissem, logo após a última [assembleia da] Associação Geral, a responsabilidade de dar aos cidadãos das grandes cidades a última mensagem de advertência. Essa é uma obra que Ele nos tem chamado a fazer todos estes anos (Carta 70, 1910; MR10, p. 364, 365). MPC 46 1 Um presidente da Associação Geral chamado a fazer evangelismo na cidade - O Senhor Jesus diz ao presidente da Associação Geral [A. G. Daniells]: "Minha graça te basta; pois o poder se aperfeiçoa na fraqueza." Advirta as cidades. O tempo é precioso. Arrependa-se e converta-se. Arrependa-se, remindo o tempo. Que se faça tudo o que pode ser feito para expiar sua negligência passada. [...] MPC 46 2 Pastor Daniells, permita que seu coração e mente se consagrem inteiramente à vontade de Deus, e aja para que uma obra semelhante ocorra em sua família. Assuma a obra longamente negligenciada nas cidades. Suplique com muito fervor a Deus para que sua mente siga pelos canais corretos. O Senhor não pôs sobre o irmão nem sobre quem quer que seja, em Washington, a obra que alguns imaginam que deva ser feita (Carta 70, 1910). MPC 46 3 Um editor da Review and Herald chamado a evangelizar cidades - Durante essa Conferência [1909], recebi uma mensagem para o irmão [W. W] Prescott. Ele é um ministro e não deve permanecer aqui em Washington para realizar uma obra que outro homem pode fazer. Ele pode se apresentar diante das pessoas e dar as razões de nossa fé de modo aceitável. Sei disso porque já trabalhamos juntos. Ele tem um dom precioso, e aqui ele está empregado num trabalho que outros homens podem fazer, enquanto há uma carência de obreiros em condições de advertir essas grandes cidades. O dom dele não deve continuar sendo empregado como está sendo agora, pois, se ele continuar trabalhando aqui, sua saúde e suas forças se esgotarão. Mas, se ele sair para o ministério pessoal, a força lhe virá (Manuscrito 53, 1909; MR10, p. 360, 361). Ofertas Missionárias Não Substituem O Serviço MPC 46 4 Obrigação para com as cidades não é compensada por ofertas missionárias - A menos que seja feito mais do que o realizado até agora pelas cidades dos Estados Unidos, os ministros e as pessoas terão uma conta pesada para resolver com quem designou a todo homem sua obra. [...] Queira Deus perdoar nossa terrível negligência ao não fazermos o trabalho que até agora desempenhamos de forma insuficiente. [...] MPC 46 5 Depois de terem dado alguma coisa para os campos estrangeiros, não julguem estar cumprido seu dever (T8, p. 35, 36 [1904]). ------------------------Capítulo 5 -- Uma Estratégia Para Alcançar As Cidades Deus Deseja Que Se Faça Uma Obra Específica Nas Cidades MPC 47 1 Grande obra precisa ser feita nas cidades - Constantemente recebo instruções para apresentar a nossas igrejas a obra que deve ser feita em nossas grandes cidades. Há um grande trabalho a ser realizado, não somente onde temos igrejas já estabelecidas, mas também em lugares em que a verdade nunca foi inteiramente apresentada. Bem em nosso meio há pagãos, tanto quanto nas terras distantes (Manuscrito 7, 1908; Ev, p. 32). MPC 47 2 Não esperar que algo grande aconteça antes de começar - Por que demoramos para iniciar a obra em nossas cidades? Não devemos esperar que se faça algo extraordinário, ou que se providencie um aparato caro, a fim de se poder fazer uma grande exibição. O que é a palha para o trigo? Se andarmos e trabalharmos humildemente diante de Deus, Ele preparará o caminho à nossa frente. Honrará aqueles que O honram. E temos certeza de que os obreiros em Takoma Park 1 buscam honrá-Lo. MPC 47 3 Por que atrasar o esforço para tornar o mundo melhor? Por humilde que seja nosso meio, por modesto que seja nosso trabalho, se andarmos em harmonia com o Salvador, Ele Se revelará em nós, e nossa influência atrairá pessoas a Ele. Cristo honrará os mansos e humildes, que buscam sinceramente trabalhar para Ele na vida diária. Para tudo o que fizermos, quer trabalhemos em loja, em fazenda ou em escritório, levemos o esforço de salvar pessoas (Carta 335, 1904). MPC 47 4 Existe talento especial para executar a obra - A obra missionária deve ser feita em todas as nossas grandes cidades. Existe talento especial entre nós para essa linha de ação, e esse talento deve ser instruído e treinado. MPC 48 1 Os ministros que buscam controlar as igrejas estão realizando pouco pelos membros, a menos que incentivem e ensinem o povo a fazer trabalho missionário prático. Todo ministro deve sentir agora que há para ele um trabalho maior do que repetir vez após vez os mesmos sermões para o povo. [...] MPC 48 2 Tenho sido instruída a indicar ao nosso povo o capítulo 58 de Isaías. Leiam esse capítulo cuidadosamente e compreenderão o tipo de ministério que levará vida às igrejas. A obra do evangelho deve ser promovida por meio de nossa liberalidade, bem como de nossos esforços. Quando encontrarem pessoas sofredoras que necessitam de auxílio, deem a elas esse auxílio. Quando encontrarem os que estão famintos, alimentem-nos. Fazendo isso vocês estarão trabalhando no estilo do ministério de Cristo. [...] MPC 48 3 Não é dever dos oficiais da associação impor mãos restritivas sobre a obra que está sendo realizada em nossas cidades. Pelas estranhas proibições que têm sido exercidas em alguns lugares, Satanás procura obstruir o caminho da verdade. As pessoas não necessitam de estímulo à inatividade (Manuscrito 7, 1908). MPC 48 4 Devem ser escolhidos os melhores obreiros - Devemos trabalhar agora pela disseminação da verdade e, como resultado, muitas pessoas chegarão ao conhecimento da verdade nas cidades até agora não trabalhadas. Os melhores instrumentos que a igreja possui devem ser selecionados, enviados e mantidos na ampliação dos esforços missionários (Atlantic Union Gleaner, 8 de janeiro de 1902). MPC 48 5 Necessita-se de obreiros que toquem o coração das pessoas - Devemos planejar colocar nessas grandes cidades homens capazes, que possam apresentar a mensagem do terceiro anjo de maneira tão eficaz, que toque profundamente o coração. Aos homens que podem fazer isso não podemos permitir que se reúnam num só lugar, fazendo o trabalho que outros poderiam fazer (RH, 25 de novembro de 1909; Ev, p. 38). Confusão Acerca De Como Trabalhar As Cidades MPC 48 6 Satanás tenta confundir nossos planos - Logo que começamos trabalho ativo em benefício das multidões nas cidades, o inimigo opera, poderosamente, para estabelecer confusão, esperando assim dispensar as forças em atividade. Alguns que não são inteiramente convertidos se acham em constante perigo de tomar as sugestões do inimigo como sendo a orientação do Espírito de Deus. Uma vez que o Senhor nos concedeu luz, andemos, pois, na luz (Manuscrito 13, 1910; Ev, p. 100). MPC 49 1 Desculpas para não fazer evangelismo nas cidades demonstram falta de visão - Sonhei que vários irmãos nossos estavam reunidos em concílio, estudando planos de trabalho para esta época do ano. Julgavam que fosse melhor não penetrar nas cidades grandes, mas começar pelas localidades pequenas, distantes das cidades; aí encontrariam menos oposição da parte do clero e evitariam grandes despesas. Argumentavam que, sendo em pequeno número, nossos pastores não poderiam ser dispensados para instruir nas cidades os que aceitassem a verdade e que, por motivo da maior oposição que ali encontrariam, iriam precisar de mais auxílio do que em igrejas de pequenas localidades rurais. Desse modo, em grande parte, se perderia o fruto de uma série de conferências na cidade. Ainda se insistiu que, em vista de serem escassos os nossos recursos e com as muitas alterações causadas pelas mudanças que poderiam acontecer em uma igreja de cidade grande, seria difícil formar uma igreja que fosse um auxílio para a causa. Meu esposo insistia com os irmãos para que traçassem sem demora planos mais abrangentes e empregassem em nossas grandes cidades esforços extensos e completos, que melhor correspondessem ao caráter de nossa mensagem. Um obreiro relatou incidentes de sua experiência nas cidades, mostrando que fora quase um fracasso, ao passo que apresentara melhor êxito nas localidades pequenas. MPC 49 2 Um Ser de dignidade e autoridade - presente em todas as nossas reuniões de comissões - escutava com o mais profundo interesse todas as palavras. Falou deliberadamente e com perfeita segurança: "O mundo todo", disse, "é a grande vinha de Deus. As cidades e vilas constituem parte dessa vinha. Elas têm que ser alcançadas." [...] MPC 49 3 O mensageiro se voltou para um dos presentes, e disse: "Suas ideias acerca do trabalho para este tempo são muito limitadas. Sua luz não deve se limitar a um espaço pequeno, nem ser posta debaixo do alqueire ou da cama; deve ser posta no castiçal, para que produza claridade para todos quantos estão na casa de Deus - o mundo. É preciso ter mais ampla concepção da obra" (T7, p. 34-36; ver também Manuscrito 1, 1874). Os Métodos De Cristo Para Alcançar As Cidades MPC 49 4 Misturar-se com as pessoas, suprir suas necessidades, depois convidálas a seguir - Quando Cristo enviou os doze discípulos em sua primeira viagem missionária, ordenou-lhes: "Indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos Céus. Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai" (Mt 10:7, 8). MPC 49 5 Aos setenta enviados mais tarde, Ele disse: "Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, [...] curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus" (Lc 10:8, 9). [...] MPC 50 1 Depois da ascensão de Cristo, foi continuada a mesma obra. As cenas de Seu ministério foram repetidas. [...] MPC 50 2 Lucas, o autor do evangelho que tem seu nome, era médico-missionário. Ele é, nas Escrituras, chamado "o médico amado" (Cl 4:14). O apóstolo Paulo ouviu falar de sua habilidade como médico e procurou-o como a alguém a quem o Senhor havia confiado uma obra especial. Obteve sua cooperação e, por algum tempo, Lucas o acompanhou em suas viagens de um lugar para outro. [...] Assim era o caminho aberto para a mensagem evangélica. O êxito de Lucas como médico conseguiu-lhe muitas oportunidades para pregar a Cristo entre os gentios. É o plano divino que trabalhemos como os discípulos fizeram. A cura física está ligada à incumbência evangélica. Na obra do evangelho, o ensino e a cura nunca se devem separar. [...] MPC 50 3 Levar o evangelho ao mundo é a obra que Deus confiou aos que professam Seu nome. Para o pecado e a miséria do mundo, é o evangelho o único antídoto. Tornar conhecida a toda a humanidade a mensagem da graça de Deus, eis a primeira obra dos que lhe conhecem o poder restaurador. [...] MPC 50 4 Qual é a condição do mundo atualmente? Não é a fé na Bíblia hoje destruída tão eficazmente pela alta crítica e as especulações? [...] MPC 50 5 É preciso uma grande obra de reforma, e é unicamente mediante a graça de Cristo que a obra de restauração física, mental e espiritual se pode efetuar. MPC 50 6 Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava compaixão por eles, ministrava-lhes às necessidades e conquistava-lhes a confiança. Ordenava então: "Segue-Me" (Jo 21:19). MPC 50 7 É necessário se colocar em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os que não conhecem e os inexperientes aconselhados. Devemos chorar com os que choram, e nos alegrar com os que se alegram. Aliada ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra jamais ficará sem frutos (CBV, p. 139-144 [1905]). MPC 50 8 Cristo veio para suprir as necessidades da humanidade - Deus enviou Seu Filho ao mundo para que Ele conhecesse, por experiência própria, as necessidades da raça humana. Por meio da humanidade combinada com a divindade, Ele devia alcançar o homem e capacitá-lo a se apoderar da natureza divina (Manuscrito 73, 1909; Sermons and Talks, v. 2, p. 318). São Importantes As Ações Dos Obreiros Nas Cidades MPC 51 1 O caráter da obra deve se harmonizar com as verdades que ensinamos - A obra deve ser simétrica, um testemunho vivo da verdade. Deus espera que cultivemos uma nobre ambição. Ele deseja que o caráter de nossa obra esteja em harmonia com as grandes verdades que proclamamos para despertar o mundo de seu torpor mortal (Carta 4, 1899). MPC 51 2 Ensinar pelo exemplo - Devemos viver a verdade e ensiná-la com a nossa vida, bem como por nossas palavras. Há milhares ao nosso alcance a quem podemos ensinar a verdade, e não é necessário o investimento de grandes recursos para alcançar as vilas e cidades vizinhas. Não precisamos ir a um povo de uma cidade estrangeira, mas a falantes do inglês; mesmo assim, passa ano após ano, apelo após apelo é feito, e homens, mulheres e recursos têm conseguido pouco para avançar a obra. Somos nós a luz do mundo? (Manuscrito 60, 1894). Evitar Ações Contenciosas MPC 51 3 Evitarconstruir desnecessariamente muros de separação -- O Senhor não atua em Seus obreiros para fazer com que tomem um rumo que traga antecipadamente o tempo de angústia. Não construam eles um muro de separação entre si e o mundo, propagando suas ideias e opiniões. Isso já existe em excesso em todos os nossos limites (Special Testimonies to Ministers and Workers, Série A, n° 3, p. 33, 34 [1895]; TM, p. 202). Planejamento Estratégico MPC 51 4 Os moradores das cidades não virão até nós - Será que vamos esperar até que os habitantes das cidades venham a nós e ofereçam: "Se vierem nos instruir, nós os ajudaremos dessa e daquela maneira"? Que sabem eles acerca da nossa mensagem? Façamos nossa parte para advertir essas pessoas que estão a ponto de perecer sem terem sido advertidas nem salvas. O Senhor quer que nossa luz brilhe de maneira tal diante das pessoas, que Seu Espírito Santo possa comunicar a verdade aos corações sinceros que O buscam (T9, p. 100 [1909]). MPC 51 5 Estudar possibilidades evangelísticas - Foram-me ditas as palavras: "Diga a Meu povo que o tempo é breve. Todo esforço deve ser feito agora para exaltar a verdade. Nas cidades, grandes e pequenas, a mensagem deve ser proclamada. A mensagem do terceiro anjo deve se unir à mensagem do segundo anjo, e ser proclamada com poder em nossas grandes cidades. Dessa forma, será dada em alta voz a mensagem que vai preparar um povo para a vinda do Rei." MPC 52 1 Devemos estudar a situação em todas as grandes cidades, para que a verdade seja dada a todo o povo. Nessas grandes cidades, o Senhor tem muitas pessoas honestas que andam confusas diante dos estranhos acontecimentos no mundo religioso (Carta 88, 1910; MR5, p. 128). MPC 52 2 Sejam analisadas as necessidades das áreas negligenciadas -- Há outro ramo de trabalho a ser levado avante: a obra nas grandes cidades. Deve haver grupos de fervorosos obreiros trabalhando nas cidades. Os homens devem analisar o que precisa ser feito nos lugares que têm sido negligenciados. O Senhor tem chamado nossa atenção para as multidões negligenciadas nas grandes cidades; contudo, tem sido dada pouca atenção ao assunto (RH, 11 de novembro de 1909; FEC, p. 537). MPC 52 3 Cuidadoso planejamento feito por várias pessoas ajuda a evitar erros - Necessita-se de homens capazes, que avaliem cuidadosamente o custo e bom senso em seus cálculos. A falta de homens experientes tem sido uma grande desvantagem. [...] A obra não deve ser administrada pela mente de um único homem ou pelas ideias de um homem só. [...] MPC 52 4 Seria um erro construir ou comprar grandes edifícios nas cidades [...]. Os que parecem ver tão grandes vantagens em assim proceder, estão sem entendimento. MPC 52 5 Há grande obra a realizar em proclamar a mensagem do evangelho para este tempo nessas grandes cidades, mas foi um erro a construção de grandes prédios para alguma obra aparentemente maravilhosa (Manuscrito 30, 1903; Sermons and Talks, v. 2, p. 226). MPC 52 6 Mau planejamento resulta em gastos desnecessários - Tenho me entristecido muito porque foram investidos recursos na construção de prédios escolares adicionais em Battle Creek, quando não se exigia isso. O colégio era suficientemente grande para acomodar os alunos que podiam ser atendidos com bom êxito na escola. A questão é que os encarregados não foram capazes de atender os alunos que já frequentavam a escola como deveriam ter atendido, e o dinheiro investido em erguer novos prédios era muito necessário em plantar o estandarte da verdade em cidades nos Estados Unidos, e na abertura de novos campos para o ativo ministro (Carta 43, 1895; MR17, p. 308). Necessária Liderança Local MPC 53 1 É melhor tomar localmente decisões relacionadas com a obra local - Frequentemente fico muito desapontada quando vejo nossos dirigentes assumindo posições extremas, e se afligindo com questões que não deviam ser consideradas ou causar preocupação, mas deixadas nas mãos de Deus, para que Ele as ajuste. Ainda estamos no mundo e Deus reserva para nós um lugar em ligação com o mundo, e atua com Sua mão direita para preparar o caminho diante de nós, a fim de que Sua obra possa progredir em todas as suas várias áreas. [...] MPC 53 2 Deixem que o Senhor trabalhe com os homens que estão no lugar, e os que ali não estão andem humildemente com Deus, para que não saiam de seu lugar e percam o rumo. O Senhor não colocou essa responsabilidade sobre os que têm assumido a responsabilidade de criticar a obra, e não lhes dá a confirmação de Seu Santo Espírito. Muitos agem segundo seu juízo humano, e zelosamente procuram arrumar as coisas que Deus não colocou em suas mãos. Enquanto estivermos no mundo, teremos de realizar um trabalho especial pelo mundo; a mensagem de advertência deve ir a todos os países, línguas e povos (Special Testimonies to Ministers and Workers, Série A, n° 3, p. 32, 33 [1895]; TM,p. 201, 202). Financiamento Do Evangelismo Nas Cidades MPC 53 3 Dinheiro e talentos são necessários na obra de Deus - Os que realmente estão convertidos são chamados a realizar uma obra que requer dinheiro e consagração. As obrigações que nos constrangem a colocar nossos nomes no rol da igreja nos tornam responsáveis por trabalhar para Deus até o limite de nossa capacidade. Ele requer trabalho integral e o pleno devotamento de coração, alma, entendimento e força. Cristo nos conduziu à qualidade de igreja para que Ele possa empregar e absorver todas as nossas capacidades em dedicado serviço pela salvação de outros. Qualquer coisa abaixo disso é oposição à obra. [...] MPC 53 4 É desígnio do Senhor que os recursos a nós confiados sejam usados na edificação de Seu reino. Seus bens são entregues aos Seus administradores, a fim de que sejam aplicados cuidadosamente e Lhe produzam uma renda na salvação de pessoas para a vida eterna. [...] MPC 53 5 Deus trabalha com todo crente genuíno, e a luz e a bênção recebidas são gastas novamente no trabalho realizado pelo crente. E assim, dando do que ele recebeu, é aumentada sua capacidade para receber. Partilhando os dons celestiais, ele dá oportunidade a que novas correntes de graça e verdade fluam da fonte viva para o coração. Pertence-lhe maior luz, um acréscimo de conhecimento e bênção. Nesse trabalho, que recai sobre todo membro, está a vida e o crescimento da igreja. MPC 54 1 Aquele cuja vida consiste em receber sempre e nunca dar, logo perde a bênção. Se a verdade não flui dele para outros, ele perde sua capacidade para receber (Manuscrito 139, 1898; DD, p. 301). MPC 54 2 Recursos necessários virão - À medida que fizermos essa obra, veremos que os meios fluirão aos nossos tesouros, e teremos recursos com que prosseguir com um trabalho ainda mais amplo e de mais vasto alcance. Não avançaremos pela fé, tal como se tivéssemos milhares de dólares? Não possuímos nem a metade da fé necessária. Façamos nossa parte no sentido de advertir essas cidades (Manuscrito 53, 1909; Ev, p. 62). MPC 54 3 Membros com recursos financeiros devem apoiar os esforços evangelísticos- O Senhor pede aos que se acham em posições de confiança, aqueles a quem Ele tem confiado Seus preciosos dons, que empreguem os talentos de inteligência e de recursos em Seu serviço. Nossos obreiros devem apresentar a essas pessoas uma clara exposição de nosso plano de trabalho, dizendo-lhes o que necessitamos para auxiliar o pobre e o necessitado, e para estabelecer essa obra sobre uma base firme. Alguns desses serão impressionados pelo Espírito Santo para empregar os recursos do Senhor de maneira a fazer progredir Sua causa. Eles cumprirão Seus desígnios, ajudando a criar centros de influência nas grandes cidades. Obreiros interessados serão levados a se oferecer para vários ramos de ação missionária (T7, p. 112 [1902]). MPC 54 4 Conversos abastados ajudarão a financiar o evangelismo urbano - Serão trazidas para a verdade pessoas ricas que se disporão a dar de seus bens para o avanço da obra de Deus. Foi-me mostrado que há grandes riquezas nas cidades ainda não trabalhadas. Deus suscitou o interesse de pessoas ali. Temos de ir a elas; ensiná-las, como Cristo ensinava; e transmitir-lhes a verdade. Elas a aceitarão. E tão certamente como os sinceros serão convertidos, seus meios serão consagrados ao serviço do Senhor, e veremos o aumento dos recursos (T9, p. 101). Orçados Os Recursos Para O Plantio De Igrejas MPC 54 5 Associações devem reservar fundos para uso em novos campos - Ao considerarmos a obra que deve ser feita na cidade de Washington [DC], e as várias linhas de trabalho que se devem assumir no campo do Sul e nas cidades de nossa terra, torna-se cada vez mais evidente que não é sábio permitir que nossas associações sejam [tão] destituídas de recursos que não possam auxiliar no estabelecimento de monumentos em campos onde Deus nos instruiu a fazer um trabalho especial (Carta 190, 1903; Spalding and Magan Collection, p. 316). MPC 55 1 Prioridade financeira dada à abertura de novos campos - Deus requer que cada dólar disponível seja dado à obra de abertura de novos campos para a entrada da mensagem do evangelho e para diminuir as montanhas de dificuldade que buscam encerrar nossa obra missionária. Por amor a Cristo, peço-lhes que executem os propósitos de Deus quanto à abertura de missões em cada cidade, em cada lugar (Manuscrito 61, 1909; MR10, p. 216, 217). MPC 55 2 Destinar mais recursos aos novos campos - Levem a mensagem a novas cidades. Se necessário, devemos gastar menos recursos nos poucos lugares em que a mensagem tem sido suficientemente pregada, a fim de podermos ir a outros lugares onde a advertência não foi dada e onde homens e mulheres ignoram a grande crise que está por vir a todos os que vivem sobre a Terra. Temos a palavra da verdade - os mandamentos de Deus e a fé em Jesus - para dar às pessoas desta geração (Manuscrito 61, 1909; MR10, p. 216). MPC 55 3 É necessário financiamento equilibrado entre o trabalho atual e o novo - O Senhor vê a obra que deve ser realizada em Sua vinha. Ele vê os lugares nos quais deve haver monumentos para Ele, a fim de que a verdade esteja representada. Ele vê os campos não trabalhados e destituídos de instalações. Requer, de todos os que O servem, igualdade e justo discernimento. Uma grande quantidade de recursos não deve ser absorvida em um lugar só. Toda construção deve ser feita com referência aos outros lugares que necessitarão de construções semelhantes. [...] MPC 55 4 Deus conclama a todos os que desempenham uma parte em Seu serviço para que não bloqueiem o caminho do avanço, usando de forma egoísta em um lugar ou em um ramo do trabalho todos os recursos que conseguem obter. Em todas as partes do mundo, há uma obra a ser feita, obra que deveria ter sido executada há muito tempo. Não permita Deus que se façam apelos ao povo em favor de recursos para completar [...] [mais construções para certa instituição], quando já existem muitos edifícios de sua propriedade e quando vocês já têm milhares de dólares em vista. Tragam suas construções ao nível dos seus recursos. Deem a outras partes da vinha de Deus a oportunidade de ter suas instalações. Que se façam edificações em outras cidades (Special Testimonies, Série B, n° 6, p. 40 [1908]). MPC 56 1 Dividir a equipe enfraquece o trabalho nos dois lugares - No período da noite estive numa reunião da comissão na qual o irmão Smith Sharp falava em dividir a força de trabalho em Nashville [Tennessee] e levar parte dela para Chattanooga [Tennessee]. Vários outros assuntos foram apresentados. Então, o Conselheiro 2 que nunca comete um erro falou palavras que mudaram toda a atmosfera da reunião. Ele expôs princípios que mostraram que as forças de trabalho não devem ser divididas. Aquela que é necessária para estabelecer um centro não deve ser usada para fazer dois centros. Ponham toda a força em um centro e unam-se para fazer desse centro um sucesso. Nashville deve se tornar um centro, e dali a luz se irradiará para outras regiões. Caso fossem seguidas as sugestões apresentadas pelo irmão Smith Sharp, dois conjuntos de prédios teriam que ser erigidos, quando mal há força financeira para o sucesso de um dos locais. Tentar separar o trabalho e estabelecê-lo em dois lugares enfraqueceria a força de ambos. Tornem a obra em um lugar a mais completa possível (Carta 79, 1901). MPC 56 2 O uso de fundos deve ser guiado por igualdade, justiça e discernimento - Não é certo investir indevidamente os recursos e exaltar essa obra em uma parte do campo, quando há trabalho urbano a ser feito em muitos lugares. É egoísmo e cobiça. O Senhor condena especialmente esse tipo de manifestação, pois por meio dela Sua sagrada obra é mal representada perante o mundo. Ele espera que Sua obra seja controlada e guiada por igualdade, justiça e discernimento. Ele não exige o estabelecimento de imensas instituições. Nosso cantinho da vinha não é o mundo todo. Em muitos lugares pelo mundo devem ser estabelecidos memoriais de Deus para representar Sua verdade. E essa atitude razoável deve ser seguida para que, em nossas grandes cidades, nos apresentemos com uma atitude tão sensível que as pessoas que não pertencem à nossa fé nos auxiliem com seus recursos. Todo dólar que temos pertence a Deus. "'Tanto a prata quanto o ouro Me pertencem', declara o Senhor dos Exércitos" (Ag 2:8, NVI). MPC 56 3 Alguns, contudo, não Lhe reconhecem a propriedade. Embora a obra na parte do campo em que eles trabalham já possua abundância de instalações, continuam a retirar do tesouro do Senhor. Não pensam nas partes carentes do campo, que exigem as instalações que eles já possuem, e devem ser ajudadas. Trabalhariam eles tão zelosamente para proporcionar a algum outro lugar as instalações que julgam necessárias em seu campo? Todos devem considerar a existência de cidades que nunca receberam a mensagem (Manuscrito 53, 1903; MR13, p. 406, 407). MPC 57 1 Ciúme dos recursos impede o progresso da obra - Por anos a obra nas cidades tem sido apresentada diante de mim, e com insistência exigida de nosso povo. Instrução tem sido dada para que se abra o trabalho em novos campos. Tem havido algumas vezes um temor de que alguém que esteja disposto a entrar em novos campos receba do povo recursos que se supunha fossem necessários em outro trabalho. Alguns em posição de responsabilidade têm achado que nada deve ser feito sem seu pessoal conhecimento e aprovação. Com isso, eficientes obreiros têm algumas vezes sido impedidos, e as rodas do carro do progresso têm sido postas a se mover lentamente na penetração de novos campos (Manuscrito 21, 1910; MS, p. 302). Detalhes Financeiros Não Devem Ser A Preocupação Dos Pastores MPC 57 2 Os ministros não devem ser encarregados de detalhes financeiros da obra na cidade - Não sei quando nossos ministros aprenderão a deixar de lado as questões administrativas e financeiras. Tem-me sido mostrado, vez após vez, que esse não é o trabalho dos pastores. Eles não devem levar o pesado fardo dos detalhes da obra na cidade. Devem estar em prontidão para ir a lugares nos quais se despertou o interesse na mensagem, e especialmente para assistir às nossas reuniões campais. Não devem demorar-se nas cidades no período em que essas reuniões estão em andamento (Manuscrito 104, 1902; MR17, p. 52). ------------------------Capítulo 6 -- Ensinando E Capacitando Obreiros MPC 58 1 Espiritualidade e crescimento da igreja proporcionais ao zelo missionário dos membros - A piedade, o conhecimento espiritual avançado e o crescimento de uma igreja são proporcionais ao zelo, piedade e informação missionária que lhe têm sido trazidos, e postos em prática para ser uma bênção exatamente àqueles que mais necessitam de nosso auxílio. Insisto mais uma vez para que considerem Isaías 58, que abre uma ampla e extensa vinha a ser trabalhada na forma que o Senhor indicou. Quando se fizer isso, haverá um aumento das fontes morais, e a igreja não mais permanecerá quase estagnada (Manuscrito 14a, 1897; SDABC4, p. 1148). MPC 58 2 O crescimento espiritual resulta de serviço ativo - Todo membro de igreja deve se empenhar em algum ramo de atividade para o Mestre. Alguns não podem fazer tanto como outros, mas cada um deve efetuar o máximo para repelir a onda de doenças e aflições que está avassalando o mundo. [...] MPC 58 3 Coisa alguma despertará tanto um abnegado zelo e dará amplitude e resistência ao caráter como se empenhar em trabalho para benefício de outros. Muitos cristãos professos, ao procurarem as relações da igreja, não pensam senão em si mesmos. Desejam fruir a comunhão da igreja e os cuidados pastorais. Fazem-se membros de grandes e prósperas igrejas, e ficam satisfeitos com pouco fazer pelos outros. Por essa maneira, estão roubando de si mesmos as mais preciosas bênçãos. [...] MPC 58 4 Árvores plantadas muito próximas não crescem fortes e vigorosas. O jardineiro as transplanta, a fim de terem espaço para se desenvolver. Um processo idêntico beneficiaria a muitos dos membros de grandes igrejas. Precisam ser colocados onde sua disposição seja chamada ao ativo esforço cristão. Eles estão perdendo a espiritualidade, tornando-se raquíticos e ineficientes por falta de abnegado trabalho em favor de outros. Transplantados para algum campo missionário, se tornariam fortes e vigorosos. MPC 58 5 Mas ninguém precisa esperar até que seja chamado para um campo distante para começar a ajudar a outros. Portas de serviço se acham abertas por toda parte. Acham-se por todo lado ao redor de nós os que necessitam de auxílio. A viúva, o órfão, o doente e o moribundo, o magoado, o abatido, o que não conhece a verdade e o desprezado acham-se por onde quer que formos (CBV, p. 149, 151, 152 [1905]). Cristo, O Modelo Perfeito MPC 59 1 Necessita-se do caráter de Cristo, não só de pregações - Assisti à reunião matinal dos ministros1. A bênção do Senhor veio sobre mim e falei com a demonstração do Espírito de Deus e com poder. Alguns há que estão arquitetando um grande círculo. O Senhor deu Cristo ao mundo para o ministério. Meramente pregar a Palavra não é ministério. O Senhor deseja que Seus servos ministradores ocupem um lugar digno da mais alta consideração. Na mente de Deus, o ministério de homens e mulheres existiu antes que o mundo fosse criado. Ele determinou que Seus ministros tivessem uma perfeita exemplificação de Si mesmo e Seus propósitos. Nenhuma carreira humana poderia realizar essa obra, pois Deus deu a Cristo, como ser humano, para executar Seu ideal daquilo que a humanidade poderia se tornar mediante a completa obediência à Sua vontade. O caráter de Deus foi revelado na vida do Seu Filho. Cristo não só mantinha uma teoria do genuíno ministério, mas, em Sua humanidade, praticou uma ilustração do ministério que Deus aprova. A perfeição tem marcado cada aspecto do verdadeiro ministério. Cristo, o Filho do Deus vivo, não viveu para Si mesmo, mas para Deus (Manuscrito 23, 1891; MR18, p. 380). MPC 59 2 Cristo Se rebaixou para erguer pecadores a uma vida mais nobre - Quando contemplamos a generosidade de Cristo para com os pobres e sofredores, Sua paciência para com os rudes e ignorantes, Sua abnegação e sacrifício, ficamos em estado de admiração e reverência. Que dádiva concedeu Deus ao ser humano, alienado dEle pelo pecado e pela desobediência! Bem podem as lágrimas fluir e o coração comover-se na contemplação desse amor inexprimível! Cristo Se rebaixou ao nível da humanidade, para que pudesse alcançar o ser humano mergulhado nas profundezas da miséria e degradação, e erguê-lo para uma vida mais nobre (SP2, p. 286 [1877]). Traços Para Um Testemunho Eficaz MPC 59 3 Demonstração de cristianismo genuíno - O mundo necessita de evidências de sincero cristianismo. O veneno do pecado está agindo no coração da sociedade. Cidades e vilas estão mergulhadas em pecado e corrupção moral. O mundo está cheio de enfermidades, sofrimento e iniquidade. Perto e longe estão pessoas em pobreza e ansiedade, carregadas com o senso da culpa, e perecendo por falta de uma influência salvadora. O evangelho da verdade é posto sempre perante elas, contudo, perecem porque o exemplo dos que deviam ser-lhes um cheiro de vida é um cheiro de morte. Suas almas bebem amargura, porque as fontes estão envenenadas, quando deviam ser como uma fonte de água que jorra para a vida eterna. MPC 60 1 O sal deve ser misturado com a substância a que é adicionado; ele precisa penetrar, infundir-se nela, para que esta seja preservada. Assim, é através do relacionamento e do contato pessoal que as pessoas são alcançadas pelo poder salvador do evangelho. Elas não são salvas como massas, mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Ela deve operar com a influência de Cristo, para exaltar onde Cristo exalta, co-municar princípios corretos e deter o progresso da corrupção do mundo. Deve difundir aquela graça que somente Cristo pode repartir. Deve elevar, dulcificar a vida e o caráter de outros pelo poder de um exemplo puro, unido a fervorosa fé e amor (PR, p. 232 [1917]). MPC 60 2 Deve-se erradicar todo egoísmo - Se os adventistas do sétimo dia despertarem agora e fizerem a obra que lhes foi designada, a verdade, de modo claro, distinto e no poder do Espírito Santo, será apresentada às cidades negligenciadas. Quando for realizado um trabalho de todo o coração, se verá a eficácia da graça de Cristo. Os vigias dos muros de Sião devem estar bem despertos, e despertar os demais. O povo de Deus deve ser tão fervoroso e fiel em seu trabalho para Ele, que todo egoísmo fique excluído de sua vida. Então, Seus obreiros olho a olho verão (Is 52:8), e será revelado o braço do Senhor, cujo poder se viu na vida de Cristo. A confiança será restaurada e haverá completa unidade nas fileiras de nossas igrejas (T9, p. 32, 33 [1909]). MPC 60 3 Os ministros devem ser amigos dos pobres - Todo ministro do evangelho deve ser amigo dos pobres, dos aflitos e opressos dentre o povo crente de Deus. Cristo sempre foi amigo dos pobres, e os interesses destes devem ser considerados sagrados. Frequentemente tem havido uma surpreendente carência de compaixão e amorável interesse cristão pelos pobres e aflitos. Amor - sagrado e aperfeiçoado amor deve ser mostrado pelos pobres e desafortunados (Carta 168, 1909; MS, p. 310). Obreiros Instruídos - Essenciais Para A Obra Nas Cidades MPC 61 1 Necessidade de intelectos cultos, não de novatos - Há necessidade de intelectos cultos em toda a parte da obra de Deus, pois os novatos não podem fazer aceitavelmente a obra de revelar o tesouro escondido para enriquecer pessoas. Deus plenejou que as escolas sejam um instrumento para o desenvolvimento de obreiros de Jesus Cristo, de quem Ele não Se envergonhará, e esse alvo deve ser sempre conservado em vista. A altura que o ser humano pode alcançar pela devida cultura, até aqui ainda não foi reconhecida. Temos entre nós um bom número de pessoas capazes. Caso sua capacidade fosse posta em uso, teríamos vinte pastores onde agora temos um. Os médicos também seriam educados para lutar contra a doença (Special Testimonies to Ministers and Workers, Série A, n° 3, p. 22 [1895]; TM, p. 195). MPC 61 2 É necessário estudar a natureza humana com atenção e oração - Requer conhecimento da natureza humana, profundo estudo, meditação e fervorosa oração saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito a seu bem-estar eterno (OE, p. 92 [1915]). MPC 61 3 É necessário compreender a humanidade - Aquele que procura transformar a humanidade deve compreender ele próprio a humanidade. Unicamente por solidariedade, fé e amor podem as pessoas ser atingidas e enobrecidas (Ed, p. 78 [1903]). MPC 61 4 Necessidade de cultura mental - Cultura mental é o que, como povo, precisamos, e temos de ter para satisfazer as exigências do tempo (T4, p. 414 [1880]). MPC 61 5 Importância do crescimento contínuo - Os homens que ocupam posições de responsabilidade devem melhorar continuamente. Não devem se ancorar em uma antiga experiência e achar que não precisam se tornar obreiros capazes (T4, p. 93 [1876]). MPC 61 6 Importância da educação científica - Escrevi a ele [W C. White] acerca dos estudantes, e o impressionei com a necessidade de insistir na questão de obterem educação em alguma área científica. Isso tudo tem sido exposto perante mim há algum tempo, e já falei com vários acerca da necessidade de despertar quanto a essa questão (Carta 43, 1895). A Necessidade De Homens E Mulheres Em Vários Ministérios MPC 62 1 A mais elevada realização é o ministério em seus vários aspectos - A mais elevada de todas as realizações é o ministério em seus vários aspectos, e deve ser conservado diante dos jovens que nenhuma obra é mais abençoada por Deus do que a do ministro do evangelho. MPC 62 2 Que nossos jovens não sejam impedidos de entrar no ministério. Há o perigo de que, por meio de representações ofuscantes, alguns se desviem do caminho no qual Deus pede que eles andem. Alguns que deviam estar se preparando para entrar no ministério foram estimulados a fazer um curso de estudos em ramos da medicina. O Senhor convida mais homens para trabalharem em Sua vinha. Foram pronunciadas as palavras: "Reforcem os postos avançados: tenham sentinelas fiéis em toda parte do mundo." Deus chama vocês, jovens. Ele chama exércitos inteiros de jovens generosos e de visão ampla, e que possuam profundo amor a Cristo e à verdade (GCDB, 2 de março de 1899; CS, p. 558). MPC 62 3 Necessidade de voluntários para a obra evangelística - O Senhor chama voluntários que tomem firme posição ao Seu lado, comprometendo-se a se unir a Jesus de Nazaré no realizar a obra que precisa ser efetuada agora, neste exato momento. Os talentos do povo de Deus devem ser empregados na proclamação da última mensagem de misericórdia ao mundo. O Senhor pede aos que se acham ligados a nossas escolas, clínicas e casas editoras que ensinem os jovens a fazer obra evangelística. Nosso tempo e dinheiro não devem ser usados por tal modo no estabelecimento de hospitais, indústrias de alimentos, mercearias e restaurantes, que outros ramos da obra sejam negligenciados. Rapazes e moças que se devem ocupar no ministério, na obra bíblica e na colportagem, não devem ser ligados a empregos mecânicos (CPPE, p. 494 [1913]). Missionários De Sustento Próprio MPC 62 4 Necessidade de trabalhadores de sustento próprio em territórios não alcançados - Em muitos lugares, podem trabalhar com êxito missionários de manutenção própria. Foi como tal que o apóstolo Paulo trabalhou na disseminação do conhecimento de Cristo por todo o mundo. Enquanto ensinava diariamente o evangelho em grandes cidades da Ásia e da Europa, trabalhava em um ofício para se manter a si mesmo e a seus companheiros. [...] MPC 62 5 Necessitam-se por todo o mundo mensageiros de misericórdia. Há necessidade de famílias cristãs que vão para localidades que se acham em trevas e erro, vão a lugares longínquos, e aí tomem conhecimento das necessidades de seus semelhantes, e trabalhem pela causa do Mestre. Se essas famílias se estabelecessem nos lugares escuros da Terra, lugares em que o povo se acha envolto em sombras espirituais, e deixassem a luz da vida de Cristo irradiar por meio delas, nobre seria a obra que se poderia realizar (CBV, p. 154-156). MPC 63 1 Deus aceita inclusive talentos limitados no serviço em favor dos outros - Não há nesta congregação homens e mulheres que tenham um trabalho a fazer pelo Mestre? Não estão aqui aqueles que devem entrar em lugares novos e trabalhar como missionários? Necessitamos de missionários em casa, e necessitamos de missionários que saiam para novos campos e vejam o que podem fazer. Negociem com seu único talento ou dois talentos. Embora sejam limitados seus talentos, Deus os aceitará. Por que enterrá-los? Saiam para trabalhar e façam o seu melhor, e Deus lhes dará alguns frutos dos seus esforços. Ah, eu preferiria ir à presença do Mestre com feixes colhidos a possuir tesouros de ouro e prata. Deem-me pessoas como fruto do meus esforços, e não pedirei conforto ou sossego neste mundo. Não há homens e mulheres aqui a quem Deus chamará para prestar contas da capacidade que lhes emprestou? Existem pessoas pelas quais devem trabalhar; há jovens a quem devem apelar. Há trabalho a ser feito na área da temperança; e aqui estão vocês assentados, de sábado a sábado, ouvindo a verdade, enquanto pessoas perecem ao seu redor. Por que não permitir que a luz que Deus lhes deu brilhe no caminho de outros? Suplico-lhes que considerem essa questão com seriedade (RH, 18 de dezembro de 1888). Necessidade De Espírito Abnegado MPC 63 2 Trabalhar com o mesmo espírito abnegado que havia no início - O trabalho deve ser feito em todas as partes da vinha. Nos primeiros tempos desta mensagem, houve um início correto, mas a obra não se desenvolveu como Deus desejava que se desenvolvesse. Muita coisa ficou centralizada em Battle Creek e Oakland, e em outros poucos lugares. Nossos irmãos nunca deveriam ter construído tanto num lugar só, como o fizeram em Battle Creek. Em muitos campos, pouco tem sido feito para estabelecer monumentos para Deus. Isso está errado. Anos atrás, muitos de nossos obreiros e do nosso povo tinham o espírito de abnegação e sacrifício. O sucesso lhes coroava os esforços. O Senhor deseja que Sua obra seja levada avante no mesmo espírito com o qual começou. O mundo precisa ser advertido. Campo após campo ainda está por ser trabalhado. Iremos nós, como povo, por nossas ações, nossas transações comerciais, nossa atitude para com o mundo não salvo, apresentar um testemunho completamente diferente daquele que apresentamos vinte ou trinta anos atrás? Daremos evidência de enfermidade espiritual e falta de sábio planejamento? Sobre nós tem brilhado grande luz acerca dos últimos dias da história deste mundo. A visão de pessoas perecendo em pecado deve nos despertar para dar a luz da verdade presente àqueles que agora estão em trevas. Os mensageiros de Deus devem ser revestidos com poder. Devem ter pela verdade um respeito que agora não possuem. A solene, sagrada mensagem de advertência do Senhor deve ser proclamada não meramente em nossas igrejas, mas nos campos mais difíceis e nas cidades mais pecadoras - em cada lugar onde a luz da mensagem do terceiro anjo ainda não raiou. Todos devem ouvir a última chamada para a ceia das bodas do Cordeiro (Carta 128, 1902; The Kress Collection, p. 72, 73). Infusão Do Espírito Santo O MPC 64 1 Espírito Santo capacita os obreiros - Todos os que desejam uma oportunidade para o verdadeiro ministério, e que se dão sem reservas a Deus, encontrarão na colportagem ocasiões de falar sobre muitas coisas pertencentes à futura vida eterna. A experiência assim adquirida será de grande valor para os que estão se preparando para o ministério. É a assistência do Espírito Santo de Deus que prepara os obreiros, homens e mulheres, para se tornarem pastores do Seu rebanho. Ao cultivarem o pensamento de que Cristo é seu Companheiro, uma santa reverência e uma sagrada alegria serão sentidas por eles em meio a todas as experiên-cias difíceis e em todas as provações. Aprenderão a orar, enquanto trabalham. Serão educados na paciência, bondade, afabilidade e compaixão. Praticarão a verdadeira cortesia cristã, tendo em mente que Cristo, seu Companheiro, não pode aprovar palavras ou sentimentos ásperos e rudes. Suas palavras serão purificadas. O poder da palavra será considerado por eles como um precioso talento que lhes foi confiado para fazerem uma obra elevada e santa. O agente humano aprenderá como representar o Companheiro divino, com quem está associado. A esse Ser invisível e santo ele mostrará respeito e reverência, porque está levando Seu jugo e está aprendendo Seus caminhos puros e santos. Os que tiverem fé nesse divino Assistente irão se desenvolver espiritualmente. Serão dotados de poder para vestir de sagrada beleza a mensagem da verdade (T6, p. 322 [1900]). Preparando Médicos Missionários MPC 64 2 Necessita-se tanto de ministros quanto de médicos qualificados - Agrada-me saber que existem aqueles que desejam ser médicos missionários. Mas nem todos podem ser médicos missionários no sentido complete em que a obra é agora levada avante. Existem aqueles que devem ser qualificados para a obra a ser feita agora em levar a última mensagem de advertência a todas as grandes e pequenas cidades, em todas as partes do mundo. Eles não podem se envolver por um determinado número de anos em aprender o trabalho de um médico missionário. Enquanto alguns sentem que essa é a sua obra e escolhem se submeter à capacitação para esse trabalho, outros sentem que devem se preparar para ser fiéis ministros, hábeis pastores do rebanho de Deus, para que possam trazer do celeiro o alimento no tempo oportuno para ovelhas e cordeiros (Carta 86a, 1893; The Ellen G. White 1888 Materials, p. 1.148). MPC 65 1 Enfermeiras missionárias devem ser instruídas por médicos - Enfermeiras missionárias devem receber em nossas escolas lições de médicos competentes, aprendendo, como parte de seu preparo, a maneira de combater as doenças e mostrar o valor dos remédios naturais. Essa obra é muito necessária. [...] Deus pede reformadores que fiquem em defesa da lei estabelecida por Ele para reger o organismo físico. Ao mesmo tempo, eles devem manter elevada norma no preparo da mente e na cultura do coração, a fim de que o Grande Médico possa cooperar com a mão ajudadora do ser humano para realizar uma obra de misericórdia e necessidade no alívio aos sofredores (T6, p. 136 [1900]). Os Jovens Devem Ser Treinados Para A Obra Nas Cidades MPC 65 2 Os jovens são muito capazes de ministrar às necessidades das pessoas - Se os rapazes, em nossas cidades, unissem os esforços para desfavorecer a impiedade e o crime, sua influência avançaria muito a causa da reforma. É privilégio e dever de todo jovem, como anjo de misericórdia, ministrar às carências e infortúnios da humanidade. Não há uma classe que consiga alcançar maiores resultados para Deus e a humanidade do que os jovens (ST, 3 de novembro de 1881). MPC 65 3 Os jovens devem ser ensinados a se tornar adultos prestativos - O verdadeiro motivo do serviço deve ser mantido perante idosos e jovens. Os estudantes devem ser ensinados de modo tal que se transformem em homens e mulheres úteis. Deve-se empregar todo meio que os eleve e enobreça. Devem ser ensinados a fazer o melhor uso de sua capacidade (RH, 26 de maio de 1904). MPC 65 4 Os jovens devem ser uma bênção à sociedade - Os estudantes devem, enquanto estão na escola, ser despertados em suas sensibilidades morais no que diz respeito a ver e sentir os direitos que a sociedade tem sobre eles. Devem viver em obediência às leis naturais, de modo a poderem, por sua vida e influência, por preceito e exemplo, ser para essa sociedade proveito e bênção. A juventude deve ser impressionada quanto ao fato de exercerem todos uma influência que se faz sentir constantemente na sociedade, seja para progresso e exaltação, seja para degradação (CPPE, p. 84 [1913]). MPC 66 1 Os jovens terão o auxílio de Deus - Deus ajudará nossos jovens assim como ajudou Daniel, se eles fizerem a entrega sem reservas da vontade a Ele como Daniel fez, e valorizarem as oportunidades de crescer no entendimento. Ele lhes dará sabedoria e conhecimento, e lhes encherá o coração com altruísmo. Colocará em sua mente planos de expansão e os inspirará com esperança e coragem, ao buscarem trazer outros sob o domínio do Príncipe da paz (Manuscrito 38, 1904; MR4, p. 125). MPC 66 2 Líderes competentes devem colocar ideais elevados perante jovens obreiros - Mais atenção deve ser dada ao preparo e educação de missionários, tendo em vista de modo especial o trabalho nas cidades. Cada grupo de obreiros deve estar sob o comando de um líder competente, e deve se manter sempre diante deles, que devem ser missionários no mais elevado sentido do termo. Um trabalho assim sistemático, sabiamente orientado, produziria abençoados resultados. MPC 66 3 Alguma coisa tem sido feita nesse sentido, mas com muita frequência o trabalho tem definhado, e nada de permanente tem sido alcançado. Há necessidade agora de fervoroso trabalho. Os jovens que são empregados pela Associação Geral precisam compreender que não devem somente pregar, mas servir, agir como pessoas que têm sobre si o peso da solene responsabilidade de buscar e salvar o que se havia perdido (Carta 34, 1892; MS, p. 301). MPC 66 4 Os jovens aprendem ao trabalhar com obreiros experientes - Muitos jovens, que no lar tiveram boa educação, devem ser preparados para o serviço e animados a erguer o estandarte da verdade em novos lugares, mediante trabalho fiel e bem planejado. Associando-se com nossos pastores e obreiros experimentados em trabalho nas cidades, obterão a melhor espécie de preparo. Agindo sob a direção divina, e sustentados pelas orações de seus coobreiros mais experientes, podem fazer bom e abençoado trabalho. Ao unirem seus esforços aos dos obreiros mais idosos, empregando a energia da melhor forma, terão a companhia de anjos celestiais; e, como colaboradores de Deus, terão o privilégio de cantar, orar, crer e trabalhar com ânimo e liberdade. A confiança e segurança que a presença dos agentes celestiais lhes trará, a eles e aos seus coobreiros, os levará à oração e ao louvor, com a simplicidade da fé verdadeira. MPC 67 1 Não deve existir qualquer atraso nesse bem planejado esforço para educar os membros da igreja. Pessoas plenamente consagradas, e que compreendem a santidade e importância da obra, devem ser escolhidas para trabalhar nas grandes cidades. Não sejam enviados os que não se acharem qualificados nesses aspectos. São necessárias pessoas que ergam os triunfos da cruz, que perseverem sob desencorajamento e privações, que possuam zelo, resolução e fé, tão indispensáveis no campo missionário. Àqueles que não quiserem se envolver pessoalmente no trabalho, eu digo: Não sirvam de empecilho aos que estão dispostos a trabalhar, antes lhes deem estímulo e apoio (T9, p. 119 [1909]). MPC 67 2 Obreiros experientes devem acompanhar jovens médicos missionários - Há uma grande obra a ser feita em aliviar a humanidade sofredora e, por meio dos esforços dos estudantes que estão recebendo instrução e preparo para se tornarem médicos-missionários eficientes, as pessoas que vivem em muitas cidades podem se tornar relacionadas com as verdades da terceira mensagem angélica. Líderes consagrados e professores de experiência devem sair com esses jovens a princípio, ensinando-os a trabalhar. Quando a oferta de alimentos for feita por aqueles que temem e honram a Deus, esse favor pode ser aceito. Assim será encontrada oportunidade para conversação, para explicação das Escrituras, para se cantarem hinos bíblicos e orar com a família. Há muitos para quem um trabalho assim se mostrará uma bênção (CS, p. 542 [1906]). MPC 67 3 Casais devem supervisionar jovens obreiros - Devem estar ligadas à missão pessoas casadas que se conduzam com o mais estrito decoro. [...] MPC 67 4 Embora os homens e as mulheres à frente de nossas missões sejam, no caráter, puros como ouro fino, necessitam de ligação constante com Deus a fim de se manterem puros e saberem como dirigir os jovens com discrição, a fim de que todos conservem os pensamentos incontaminados, incorruptos. Sejam as lições de caráter elevado, enobrecedor, para que a mente se encha com pensamentos puros e nobres (Manuscrito 19a, 1890; GCDB, 6 de fevereiro de 1893, p. 162). MPC 67 5 A educação dos jovens obreiros deve ser completa - Serão necessários professores sábios, experientes [para lecionar na nova faculdade em Washington, DC] - homens e mulheres que possam ministrar aos jovens lições nas áreas seculares e que saibam ensinar-lhes também como fazer verdadeiro trabalho missionário. Não se deve negligenciar nada que contribua para um preparo completo nos princípios corretos (RH, 26 de maio de 1904). MPC 68 1 Jovens obreiros frívolos denigrem os esforços missionários - O Senhor tem muitas pessoas preciosas nas grandes cidades, as quais devem ser alcançadas pelas verdades especiais para este tempo. Mas o rumo seguido por rapazes e moças ligados à missão é frívolo, degradando a obra e desmoralizando a missão. Esses caracteres defeituosos separam Deus do círculo missionário. Não são necessárias semanas ou meses para ler o caráter de muitos dos obreiros. Sua conduta é uma ofensa a Deus. Existem erros na sociedade, os quais os cristãos não praticarão, e abominação. Caso se coloquem nas nossas missões pessoas frívolas e de mente carnal, sua influência tenderá a rebaixar tudo o que estiver ligado à missão (GCDB, 6 de fevereiro de 1903, p. 162). Escolas De Capacitação Para O Evangelismo Urbano MPC 68 2 O foco deve ser o preparo de obreiros para as cidades - Como povo, não estamos fazendo a quinquagésima parte do que poderíamos fazer como missionários ativos. Se apenas fôssemos vivificados pelo Espírito Santo, haveria uma centena de missionários onde agora há um. Em toda cidade deve haver um corpo de obreiros organizados, bem disciplinados; não meramente um ou dois, mas dezenas e dezenas devem ser postos a trabalhar. [...] Mais atenção deve ser dada ao preparo e educação de missionários, tendo em vista de modo especial o trabalho nas cidades (GCDB, 30 de janeiro de 1893, p. 37). MPC 68 3 O ambiente doméstico é bom para o preparo de obreiros missionários - O irmão e a irmã [Stephen e Hetty] Haskell alugaram uma casa num dos melhores distritos da cidade [Nashville], e chamaram para perto de si uma família de auxiliares, os quais, dia após dia, saem dando estudos bíblicos, vendendo nossas revistas e fazendo trabalho médicomissionário. Durante os momentos de culto, os obreiros relatam suas experiências. Dão estudos bíblicos no lar com regularidade, e os jovens e as jovens ligados à missão recebem um preparo prático e completo no sentido de dar estudos bíblicos, bem como em vender nossas publicações. O Senhor tem abençoado seus esforços, pois um bom número aceitou a verdade e muitos outros estão profundamente interessados. MPC 69 1 Foi desse modo que os pescadores que deixaram as redes diante do chamado de Cristo foram treinados. Uma obra semelhante deve ser feita em muitas cidades. Os jovens que saem para trabalhar nessas cidades devem estar sob a direção de líderes experientes, consagrados. Providencie-se para os obreiros um bom lar, no qual possam receber preparo total. O Senhor tem uma preciosa, sagrada obra de salvação de pessoas a ser feita no mundo, e ela deve ser realizada agora. É necessário que essa obra seja levada avante num plano de responsabilidade individual mais elevado do que nunca antes (RH, 7 de setembro de 1905). MPC 69 2 O treinamento deve incluir trabalho pessoal e reuniões públicas - De importância igual às conferências públicas é o trabalho de casa em casa nos lares do povo. Nas cidades grandes há certas classes que não podem ser alcançadas pelas reuniões públicas. Essas têm que ser procuradas como o pastor procura suas ovelhas perdidas. Esforço diligente e pessoal tem que ser feito em seu favor. Quando é negligenciado o trabalho pessoal, perdem-se muitas preciosas oportunidades, as quais, se fossem aproveitadas, fariam avançar a obra firmemente. MPC 69 3 Em resultado da apresentação da verdade em congregações grandes, desperta-se um espírito de indagação, e é especialmente importante que esse interesse seja seguido por trabalho pessoal. Os que desejam buscar a verdade precisam ser ensinados a estudar diligentemente a Palavra de Deus. Alguém terá que ajudá-los a edificar sobre um fundamento firme. Neste tempo crítico de sua experiência religiosa, como é importante que obreiros bíblicos, sabiamente dirigidos, venham ao seu auxílio, e lhes abram ao entendimento o tesouro da Palavra de Deus! MPC 69 4 Um trabalho melhor e bem equilibrado pode ser levado a efeito quando se acha em funcionamento uma escola para preparo de obreiros bíblicos, enquanto são realizadas reuniões públicas. Deveria haver, ligados à escola ou missão urbana, experientes obreiros de profunda compreensão espiritual, que possam dar instruções diárias aos obreiros bíblicos, e que possam também se unir de todo o coração às conferências públicas que são realizadas. E à medida que homens e mulheres se convertam à verdade, os que estão na chefia da missão nas cidades deveriam com muita oração mostrar a esses novos conversos como experimentar o poder da verdade em seu coração. Tal missão, sendo sabiamente dirigida, será uma luz brilhando num lugar escuro (OE, p. 364, 365 [1915]). Contratos De Educação MPC 69 5 O preparo deve estar ligado a um contrato de serviço - Antes que sejam admitidas pessoas em nossas escolas de capacitação missionária, deve haver um acordo escrito segundo o qual, após receber seu preparo, elas se entregarão à obra por um tempo específico. Esse é o único meio de transformar nossas missões naquilo que devem ser. É necessário que aqueles que se ligam às missões sejam íntegros e assumam a obra de modo organizado. Aqueles que são controlados pelo senso do dever, que diariamente buscam sabedoria e auxílio de Deus, agirão de modo inteligente, não por motivos egoístas, mas por amor a Cristo e à verdade. Esses não hesitarão em se entregar à obra sem reservas, de coração, corpo e espírito. Estudarão, trabalharão e orarão por seu avanço (GCDB, 6 de fevereiro de 1893, p. 162, 163). Necessária Experiência No Evangelismo Urbano MPC 70 1 A experiência no evangelismo urbano fortalece a fé - Aqueles que se aglomeram em Battle Creek e estão sendo retidos ali, veem e ouvem muitas coisas que tendem a enfraquecer a fé e gerar a descrença. Eles obteriam um conhecimento mais prático mediante o esforço de partilhar com outros aquilo que recebem da palavra de Deus. Devem se espalhar e trabalhar em todas as nossas cidades sob a instrução de homens de sólida fé. Se aqueles que ensinam esses obreiros são verdadeiros e leais, uma grande obra será realizada. MPC 70 2 Deve haver em nossas cidades um trabalho que nunca foi executado. Aquilo que deveria ter sido feito há vinte, sim, mais de vinte anos, deve-se realizar agora, rapidamente. O trabalho será mais difícil de fazer agora do que teria sido anos atrás, mas será feito. MPC 70 3 Nossa obra é excessivamente dificultada por causa de muitas falsas teorias que precisam ser enfrentadas, e por causa da escassez de mestres eficientes e auxiliares dispostos (Carta 277, 1905; The Paulson Collection, p. 109, 110). MPC 70 4 A recusa em usar os talentos acaba por torná-los inúteis - Você pode cruzar os braços e dizer: "Sou apenas um membro leigo da igreja; para mim, essa é uma tarefa sem futuro." Mas você tomou sobre si o jugo de Cristo? Está trabalhando com Ele? Ah, que não seja por mais tempo uma fonte de pesar para os agentes celestiais e para Ele, que pagou um preço infinito pelas pessoas, que você se recuse a ser um canal de luz, que você se recuse a cooperar com os agentes celestiais para a salvação de pessoas! Despertemos do sono e ponhamos em ação todas as habilidades que Deus nos deu, a fim de que se escreva nos livros que estamos "remindo o tempo, porque os dias são maus". Se mantemos inativos nossos talentos, perdemos toda a capacidade de usá-los. A mente é uma dádiva de Deus, com o propósito de ser melhorada e desenvolvida, a fim de que sejamos capazes de iluminar outros; mas ela pode ser pervertida e mal empregada, ao fazer a obra de Satanás (RH, 21 de abril de 1896). Não Se Deve Encarregar Idosos De Trabalhar Nas Cidades MPC 71 1 O ministério urbano não é aconselhável para idosos ou debilitados - Homens e mulheres idosos ou debilitados não devem ser enviados a trabalhar em cidades aglomeradas e insalubres. Trabalhem eles onde sua vida não seja desnecessariamente prejudicada. Nossos irmãos que levam a verdade às cidades não devem ser obrigados a pôr em perigo sua saúde no ruído, na agitação e confusão, se puderem obter locais retirados (Carta 168, 1909; MS, p. 309). ------------------------Capítulo 7 -- Métodos De Ensino E Colheita MPC 72 1 Os membros da igreja devem ser instruídos a trabalhar pelos outros - É dever daqueles que se apresentam como líderes e mestres do povo instruir os membros da igreja quanto ao trabalho em atividades missionárias, e então ver em ação a grande obra de ampla proclamação desta mensagem que deve despertar toda cidade não alcançada, antes que venha a crise, quando, mediante a operação de agentes satânicos, as portas agora abertas para a mensagem do terceiro anjo serão fechadas. Deus requer que demos a mensagem da verdade presente a cada cidade, e que não limitemos nosso empenho a alguns poucos lugares. Onde quer que se encontre uma abertura para a verdade, que para lá se designem homens capazes de apresentar seus ensinos com poder e convicção que alcancem os corações (Manuscrito 61, 1909; MR10, p. 215, 216). MPC 72 2 Os membros da igreja devem aprender a partilhar a verdade com outros - A preciosa, salvadora verdade tem sido repetida vez após vez aos membros de nossas igrejas, enquanto justamente nas cidades em que as igrejas são organizadas há pessoas perecendo por falta do conhecimento que os membros dessas igrejas poderiam partilhar. Raramente se vê uma campanha acirrada de ataque. Se os cristãos se encontrassem totalmente despertos, atentos às oportunidades de difundir a luz, encontrariam bastante trabalho para fazer. O fervor, a sobriedade, a revelação do senso de solene responsabilidade que repousa sobre os seguidores de Cristo, contariam fortemente a favor da verdade. Os cristãos que sacrificam o próprio eu causarão uma impressão sobre seus vizinhos ao viver uma vida de piedade prática. Trabalharão sinceramente no serviço do Mestre, proclamando as virtudes dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Obedecerão à instrução de Cristo: "Brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." Todo membro da igreja deve aprender a comunicar luz aos que se assentam nas trevas. Que cada um se interesse pelas pessoas "como quem deve prestar contas" (RH, 11 de junho de 1895). Proclamando A Verdade Bíblica MPC 73 1 Começar apresentando o evangelho do modo mais claro possível - Há uma sagrada, solene obra a ser feita em levantar o estandarte entre aqueles que ainda precisam ouvir o primeiro convite para o banquete do evangelho. Cada tipo de trabalho deve vir em sua ordem. Devemos erguer a voz e proclamar a mensagem pelos caminhos, e reunir todos aqueles que quiserem vir à ceia das bodas do Cordeiro. Estamos fazendo isso. Estamos realizando nossas reuniões campais em cidades gran-des e pequenas, onde a mensagem da verdade presente não foi ouvida. De início, não proclamamos a essas pessoas temas doutrinários dos quais elas não têm compreensão. A primeira coisa e a mais importante é sensibilizar e subjugar o coração, apresentando-lhe nosso Senhor Jesus Cristo como o portador de pecados, o Salvador perdoador de pecados, tornando o evangelho o mais claro possível (Carta 4, 1899). MPC 73 2 Revelar as verdades da Palavra de Deus aos que se dispõem a ouvir - Há, em nossas vilas e cidades, pessoas que vivem na ignorância das verdades da Palavra de Deus; muitas estão perecendo no pecado. Algumas, por curiosidade, vêm às nossas igrejas. Que todo sermão pregado seja uma revelação das grandes verdades aplicáveis a este tempo. Ergam o véu dos mistérios da redenção perante os alunos na escola e as congregações que se ajuntam para ouvir a Palavra. Esse é o conhecimento que os educados e ignorantes necessitam. A educação superior será encontrada no estudo do mistério da piedade. As grandes verdades da Palavra de Deus, uma vez assimiladas pela fé, aceitas e postas em prática na vida, darão em resultado uma educação de mais elevada ordem (CPPE, p. 398 [1913]). MPC 73 3 A verdade bíblica deve ser proclamada com simplicidade, para que todos a compreendam - O Senhor está falando a Seu povo neste tempo, dizendo: Busquem entrar nas cidades, e proclamem a verdade em simplicidade e fé. O Espírito Santo operará por meio dos esforços de vocês, para impressionar os corações. Não introduzam doutrina estranha alguma em sua mensagem, mas proclamem as palavras simples do evangelho de Cristo, as quais jovens e idosos podem entender. Os indoutos bem como os estudados devem compreender as verdades da mensagem do terceiro anjo, e precisam ser ensinados em simplicidade. Se vocês querem se aproximar do povo de modo aceitável, humilhem o coração diante de Deus e aprendam Seus caminhos (RH, 18 de janeiro de 1912; MS, p. 299). MPC 74 1 Expor a verdade bíblica à medida que for compreendida - Certa noite, antes de uma reunião importante, tive a impressão, enquanto dormia, de que me achava em reunião com os irmãos, escutando Alguém que falava com autoridade. Disse Ele: "Assistirão a esta reunião muitas pessoas sinceras que desconhecem as verdades que serão apresentadas. Elas ouvirão e ficarão interessadas porque Cristo as está atraindo; a consciência lhes diz que o que ouvem é verdade, pois tem a Bíblia por base. É importante ter o máximo cuidado ao tratar com essas pessoas. [...] Não insistam em apresentar logo no início ao povo os aspectos mais questionáveis de nossa fé, a fim de que não fechem os ouvidos daqueles a quem essas coisas vêm como nova revelação." MPC 74 2 Sejam-lhes apresentadas as porções da verdade que conseguem aprender e valorizar; embora possa parecer estranho e chocante, muitos reconhecerão, com alegria, que nova luz se derramou sobre a Palavra de Deus. Ao passo que, se a verdade fosse apresentada em tanta quantidade que a não pudessem receber, alguns iriam embora para nunca mais voltar. Mais ainda, apresentariam mal a verdade e, ao explicar o que fora dito, iriam distorcer de tal forma as Escrituras que confundiriam o raciocínio dos outros. Precisamos aproveitar as circunstâncias agora. Apresentem a verdade tal como é em Jesus. Não deve haver espírito combativo ou de polêmica na defesa da verdade (Manuscrito 44, 1894; Special Testimonies to Ministers and Workers, Série A, n° 3, p. 13, 14). Tópicos Para Pregação MPC 74 3 Muitos sabem apenas aquilo que seus ministros lhes dizem -- O povo nada sabe da verdade. Nada sabe sobre as razões de nossa fé. As pessoas acreditam naquilo que os pastores de suas igrejas lhes dizem. Não deve, então, haver um esforço para que saibam qual é a verdade para este tempo? O que pode ser feito nessas cidades, sem dinheiro, para dar início ao trabalho? Se vocês veem continuamente lugares nos quais julgam poder usar favoravelmente os recursos, devem esses países ser deixados com a terra sem ser arada e semeada? Ficará o Senhor satisfeito com esse tipo de negligência? (Carta 9a, 1893 (MR11, p. 7). MPC 74 4 Pregar os sinais da breve volta de Jesus - Sentimos ter chegado o tempo para que se façam decididos esforços em nossas cidades. Leiam o vigésimo primeiro capítulo de Lucas. Essa é a mensagem que devemos levar. É a mais solene mensagem para este tempo (Carta 160, 1906). MPC 74 5 Dar ênfase ao sábado do sétimo dia - Muitas regiões há para as quais deviam ter sido destinados recursos para uma campanha intensa em cidades grandes e pequenas, com reuniões em tendas e a edificação de igrejas como monumentos da verdade e da justiça. Cada golpe do martelo deve falar de Deus e Seu santo sábado. Isso se deve evidenciar em todo o nosso trabalho de modo distinto e marcante, como testemunho de que o sétimo dia é o sinal, o selo de Deus (Carta 45, 1900; MR9, p. 88). Evangelismo Público Nas Grandes Cidades MPC 75 1 Alugar salões e outros lugares próprios para reuniões públicas -- Em lugares em que a verdade não é conhecida, irmãos aptos para a obra podem alugar uma sala, ou outro lugar apropriado, reunindo ali todos que vierem. Instruam, então, o povo na verdade. Não é necessário pregar, mas tomar a Bíblia e deixar que Deus fale diretamente por Sua Palavra. Se houver apenas um pequeno número de presentes, podem ler um "Assim diz o Senhor", sem grande aparato ou agitação; ler simplesmente, e expor a singela verdade evangélica, cantar e orar com eles (RH, 29 de setembro de 1891). MPC 75 2 Os esforços evangelísticos devem incluir o subsequente acompanhamento - Em nossos esforços por alcançar as pessoas, existe o perigo de adotarmos métodos que não produzam os melhores resultados. Podem ser seguidos planos que pareçam despertar muito interesse por algum tempo, mas o efeito mostra que o trabalho não é permanente. O uso do carroção do evangelho 1 pode produzir algum bem mas, na maioria dos casos, os resultados posteriores serão decepcionantes. As pessoas serão atraídas pela música e ouvirão os pronunciamentos e apelos feitos. Mas os obreiros passam rapidamente de um lugar para outro, e não há tempo para que as pessoas se estabeleçam na fé. As impressões causadas logo se apagam. Semeou-se pouca semente que brote e produza fruto. Quando a temporada se encerra, haverá uns poucos feixes a serem ceifados. [...] MPC 75 3 Em muitos lugares, é praticamente impossível ter acesso a alguma casa de culto. O preconceito, a inveja, o ciúme são tão fortes, que muitas vezes não encontramos um lugar no qual falar ao povo a palavra da vida. Se puderem ser realizadas reuniões campais em diferentes lugares, aqueles que desejam ouvir terão essa oportunidade. Pessoas famintas pelo pão da vida serão alimentadas. MPC 75 4 Em lugar de haver gigantescas reuniões campais em poucas localidades, mais bem se produziria realizando pequenas reuniões em muitos lugares. Que essas sejam feitas em cidades grandes e pequenas, onde a mensagem da verdade presente não foi apresentada. [...] MPC 76 1 Essas devem ser seguidas por reuniões em tendas e estudos bíblicos. Obreiros experientes, com seus auxiliares, devem permanecer no campo em busca de todos os interessados. Devem trabalhar como se estivessem procurando a ovelha perdida. Muitos que vêm à reunião campal somente para ouvir ou ver alguma coisa nova serão impressionados pela verdade, e alguns decidirão obedecer. [...] MPC 76 2 Nessas reuniões, não devemos, de início, apresentar assuntos doutrinários, dos quais os ouvintes não têm compreensão. Prendam a atenção das pessoas ao apresentar a verdade como ela é em Jesus. A primeira e mais importante coisa é sensibilizar e subjugar o coração pela apresentação de nosso Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa pecados. Mantenham perante o povo a cruz do Calvário. O que causou a morte de Cristo? A transgressão da lei. Mostrem que Cristo morreu para dar aos seres humanos a oportunidade de se tornarem súditos leais do Seu reino. MPC 76 3 Que a verdade seja apresentada, não em discursos longos e elaborados, mas em palestras breves, objetivas. Instruam, instruam com respeito a um serviço completo, feito do fundo do coração. Consagração plena, muita oração, intenso fervor hão de causar impressão, pois anjos de Deus estarão presentes para tocar o coração dos que ouvem. MPC 76 4 Que haja cânticos e música instrumental. Instrumentos musicais foram usados em cultos religiosos nos tempos antigos. Os adoradores louvavam a Deus com harpa e címbalos, e a música deve ter seu lugar em nossos cultos. Contribuirá para aumentar o interesse (Manuscrito 3, 1899; GCDB, 2 de março de 1899, p. 128). MPC 76 5 Reuniões ao ar livre eficientes em alguns lugares - As cidades devem ser mais trabalhadas. Há lugares em que o povo pode ser mais facilmente alcançado por meio de reuniões ao ar livre. Muitos há que podem fazer essa espécie de trabalho, mas precisam se revestir de toda a armadura da justiça. Somos cuidadosos demais em nossa obra, no entanto, a propriedade e o bom senso são necessários (Manuscrito 139, 1898; An Appeal for Missions [panfleto 004], p. 15). Oradores Das Reuniões Realizadas Em Tendas Nas Cidades MPC 76 6 Devem ser usados os melhores oradores em reuniões campais nas cidades - 2Todos devemos estar bem alerta quanto ao fato de que, ao abrir-se o caminho, podemos adiantar a obra nas grandes cidades. Estamos muito atrasados em seguir as instruções para entrar nessas cidades e construir monumentos para Deus. Passo a passo devemos levar pessoas à plena luz da verdade. Devemos continuar trabalhando até que se organize uma igreja, e seja edificada uma humilde casa de culto. [...] Há muito trabalho para ser feito em diversas cidades. Obreiros devem partir para nossas grandes cidades e realizar reuniões campais. Nessas reuniões, os melhores talentos devem ser empregados, para que a verdade possa ser proclamada com poder. Devem participar pessoas com diversos dons. Uma única pessoa não possui todos os dons indispensáveis para o trabalho. Para tornar uma reunião religiosa bem-sucedida, são necessários vários obreiros. Ninguém deve monopolizar sozinho todo trabalho importante (RH, 30 de setembro de 1902). MPC 77 1 Os oradores devem ter cuidado com suas palavras - Devem-se realizar reuniões campais em nossas cidades grandes. E se os oradores forem cuidadosos em tudo quanto disserem, serão alcançados corações ao ser a verdade proclamada no poder do Espírito. O amor de Cristo recebido no coração banirá o amor do erro. O amor e a benevolência manifestos na vida de Cristo devem se manifestar na vida dos que trabalham para Ele. A dedicada, infatigável atividade que Lhe assinalou a existência deve distinguir a vida deles. O caráter do cristão deve ser uma reprodução do caráter de Cristo. [...] MPC 77 2 Esse tipo de trabalho não deve ser considerado separado e distinto de outras áreas do trabalho das reuniões campais. Cada aspecto da obra de Deus está intimamente relacionado com os outros. E, embora as diferentes áreas sejam distintas, devem elas avançar em perfeita harmonia. [...] MPC 77 3 Todos os que puderem, doem-se à obra longamente negligenciada em nossas cidades, uma obra que tem sido considerada e pela qual, depois, se passa de largo, assim como o homem ferido foi deixado de lado pelo sacerdote e o levita. Assumam o trabalho nas cidades de forma séria, inteligente e abnegada (PUR, 23 de outubro de 1902). Evitar Exibição Extravagante MPC 77 4 Dispensar grandiosos aparatos - Desejo realmente falar. Não é plano de Deus que, em algum momento, Sua igreja programe fazer uma grande exibição em nossas cidades, por algum motivo. O Senhor Se de-sagrada e é desonrado quando os recursos que nos confiou são usados nessas exibições. Foi permitido que se me apresentasse a recente exibição, e fui informada de que o dinheiro usado dessa forma devia ter sido usado para aliviar a situação de alguns que emprestaram recursos às nossas instituições e agora precisam desses recursos. Alguns há que emprestaram suas posses em boa-fé, mas que, embora tendo solicitado e apelado por seu dinheiro, não conseguiram reavê-lo. Os recursos que são empréstimos de nosso povo devem ser devolvidos, quando solicitados (Manuscrito 162, 1905; MR10, p. 230). MPC 78 1 A oração e o Espírito Santo obterão mais resultado que aparato exterior - Os que fazem a obra do Senhor nas cidades têm que dedicar esforço concentrado, perseverante e devotado em favor da educação do povo. Embora devam trabalhar fervorosamente para despertar e conservar o interesse dos ouvintes, têm de, ao mesmo tempo, precaver-se contra qualquer coisa que se aproxime do sensacionalismo. Nesta época de extravagância e ostentação, em que as pessoas julgam necessário aparentar o que não são para conseguir êxito, os escolhidos mensageiros de Deus devem mostrar o erro de gastar meios desnecessariamente para causar efeito. Ao trabalhar com simplicidade, humildade e gentil dignidade, evitando tudo que seja de natureza teatral, sua obra fará duradoura impressão para o bem. MPC 78 2 Realmente há necessidade de gastar dinheiro, sabiamente, para anunciar as reuniões, e prosseguir com a obra sobre bases sólidas. Contudo, logo ficará claro que a força de cada obreiro reside, não nessas manifestações exteriores, mas na verdadeira confiança em Deus, na oração fervorosa, pedindo auxílio, e na obediência à Sua Palavra. Muito mais oração, muito maior semelhança com Cristo, muito mais conformidade com a vontade de Deus, devem ser introduzidas na obra do Senhor. Demonstrações exteriores e extravagante gasto de recursos não realizarão a obra que deve ser feita. MPC 78 3 A obra de Deus tem que ser levada avante com poder. Precisamos do batismo do Espírito Santo. Precisamos compreender que Deus acrescentará às fileiras de Seu povo pessoas de habilidade e influência que hão de desempenhar sua parte em advertir o mundo. Nem todos no mundo são transgressores e pecaminosos. Deus tem muitos milhares que não dobraram os joelhos a Baal. Há nas igrejas caídas homens e mulheres tementes a Deus. Se assim não fosse, não seríamos incumbidos de pro-clamar a mensagem: "Caiu! Caiu a grande Babilônia. [...] Sai dela, povo Meu" (Ap 18:2, 4). Muitos dos sinceros de coração estão suspirando por um sopro de vida do Céu. Eles reconhecerão o evangelho quando lhes for apresentado na beleza e simplicidade com que é colocado na Palavra de Deus (T9, p. 109-111 [1909]). MPC 78 4 Exibição extravagante é contrária à vontade de Deus - Deus tem observado a grande exibição feita por alguns que trabalham em Nova York, mas Ele não concorda com essa forma de pregar o evangelho. A solene mensagem se mistura com grande quantidade de palha, causando sobre as mentes uma impressão que não se harmoniza com nossa obra. As boas-novas da graça redentora devem ser levadas a todo lugar; a advertência deve ser dada ao mundo, mas devemos praticar economia se somos movidos pelo espírito de que Cristo nos deu um exemplo em Seu serviço vitalício. Ele não gostaria que uma manifestação como essa representasse a reforma da saúde em lugar algum. [...] MPC 79 1 Toda grande ostentação que tem sido feita na obra médico-missionária, ou em edifícios, ou no vestuário ou em qualquer tipo de adorno, é contrária à vontade de Deus. Nossa obra deve ser cuidadosamente examinada, e deve estar em harmonia com o plano de nosso Salvador. Ele poderia ter exércitos de anjos para demonstrar Seu caráter nobre e verdadeiro, mas colocou tudo isso de lado e veio ao nosso mundo revestido de humanidade, para sofrer com a humanidade todas as tentações a que o ser humano é submetido. [...] MPC 79 2 Deus conclama os adventistas do sétimo dia a revelarem ao mundo que nos estamos preparando para aquelas mansões que Cristo foi preparar para os que purificarem o coração pela obediência à verdade tal como ela é em Jesus. Que toda pessoa que venha a Cristo negue a si mesma, EH tome sua cruz e O siga. Assim diz o grande Mestre (Carta 309, 1905; RH, 6 de agosto de 1914). Evangelismo Pessoal MPC 79 3 O testemunho pessoal é mais eficiente que a pregação em público - Sendo sociáveis e aproximando-se do povo [que desejamos alcançar], vocês poderão mudar-lhe a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, no lar e em pequenas reuniões em casas particulares é, muitas vezes, mais bem-sucedida em atrair pessoas para Jesus do que sermões feitos ao ar livre, às multidões dispersas, ou mesmo em salões e igrejas (RH, 8 de dezembro de 1885). MPC 79 4 A pregação é reforçada pelo esforço de casa em casa - As cidades devem ser trabalhadas, não se lhes deve meramente pregar; é preciso que se faça trabalho de casa em casa. Depois de ser dada a advertência, de a verdade haver sido apresentada pelas Escrituras, muitas pessoas ficarão convencidas. É preciso, então, grande cuidado. O instrumento humano não pode fazer a obra do Espírito Santo; somos apenas os canais mediante os quais o Senhor trabalha. Muitas vezes um espírito de presunção se infiltra, caso o nível de sucesso acompanhe os esforços do obreiro. Não deve haver, porém, nenhuma exaltação do eu, coisa alguma a ele deve ser atribuída; a obra é do Senhor, e a Seu precioso nome deve ser dada toda a glória. Que o próprio eu se esconda em Jesus (RH, 14 de outubro de 1902). Trabalho Em Favor Dos Vizinhos MPC 80 1 Começar na própria vizinhança - O Senhor me apresentou a obra que deve ser feita em nossas cidades. Os cristãos nessas cidades podem trabalhar por Deus na vizinhança de seus lares. Devem trabalhar calmamente e com humildade, levando consigo, aonde quer que forem, a atmosfera do Céu. Se deixarem de lado o próprio eu, apontando sempre para Cristo, então o poder de sua influência será sentido (RH, 12 de agosto de 1902). MPC 80 2 Os cristãos que moram nas cidades devem testemunhar aos outros - Dirijo-me a cristãos que vivem em nossas grandes cidades: Deus fez de vocês depositários da Verdade, não para que a retenham, mas para que a comuniquem a outros. Vocês devem fazer visitas de casa em casa, como fiéis administradores da graça de Cristo. Enquanto trabalham, delineiam e planejam, novos métodos se lhes apresentarão à mente a todo momento, e pelo uso aumentarão as capacidades de seu intelecto. O cumprimento indiferente, negligente, do dever representa um dano à pessoa pela qual Cristo morreu. Se quisermos encontrar as pérolas perdidas nos detritos das cidades, precisamos sair, prontos para fazer o trabalho que o Mestre de nós requer. Alguns podem trabalhar silenciosamente, despertando interesses, enquanto outros falam em salões. É verdade que Satanás conspirará de toda maneira possível para entorpecer os sentidos, cegar os olhos e fechar os ouvidos das pessoas contra a verdade; no entanto, saiam a trabalhar. Trabalhem de casa em casa, sem negligenciar os pobres, que geralmente são passados por alto. Cristo disse: "Ele Me ungiu para pregar o evangelho aos pobres", e nós devemos ir e fazer o mesmo (RH, 11 de junho de 1895). MPC 80 3 Conversar com amigos - Devemos sentir ser nosso especial dever trabalhar pelos que se encontram em nossa vizinhança. Pensem como podem melhor socorrer os que não têm interesse algum nas coisas religiosas. Ao visitarem seus amigos e vizinhos, mostrem interesse em seu bem-estar espiritual, assim como em seu bem-estar temporal. Falem-lhes de Cristo como um Salvador que perdoa o pecado. Convidem seus vizinhos para a casa de vocês e leiam partes da preciosa Bíblia e de livros que lhes explicam as verdades. Convidem-nos a se unir a vocês em cânticos e orações. Nessas pequenas reuniões, o próprio Cristo estará presente, segundo prometeu, e os corações serão tocados pela Sua graça. MPC 81 1 Os membros da igreja devem se educar em fazer essa obra. Ela é exatamente tão essencial como salvar as pessoas que vivem em trevas nos países estrangeiros. Enquanto alguns se preocupam com pessoas distantes, muitos dos que se acham na própria pátria sentem responsabilidade pelos que se encontram ao redor, trabalhando com igual empenho pela salvação deles (CBV, p. 152, 153 [1905]). MPC 81 2 Alcançar as pessoas onde elas estão - Alcançar o povo onde quer que esteja e seja qual for sua posição ou estado, e auxiliá-lo por todos os modos possíveis - esse é o verdadeiro ministério. Mediante esses esforços, vocês podem conquistar corações e abrir uma porta de acesso a pessoas que estão perecendo. [...] MPC 81 3 De pouca utilidade é procurar reformar outros atacando o que podemos considerar maus hábitos. Esse tipo de atitude geralmente é muito mais prejudicial do que benéfico. Em Sua conversa com a samaritana, em lugar de desmerecer o poço de Jacó, Cristo apresentou algo melhor. [...] Isso é uma ilustração do modo pelo qual devemos trabalhar. Temos de oferecer às pessoas algo melhor do que elas possuem, a própria paz de Cristo, que excede todo o entendimento (CBV, p. 156, 157). Todos Devem Ser Alcançados MPC 81 4 A família humana inteira é a nossa congregação - O amor que se manifestou na vida e no caráter de Cristo não é nenhuma afeição restrita, egoísta. Vocês devem ser motivados por Seu amor a pregar o evangelho em regiões fora de sua esfera, e não a gabar-se do trabalho que outro fez e lhe deixou ao alcance. "Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva" (2Co 10:17). A obra que está sempre diante do ministro de Cristo é pregar o evangelho, aos que estão perto e "nas terras de além". Isso envolve o sacrifício próprio e torna necessário carregar a cruz. Esse tipo de trabalho, que nos levará continuamente a ser fiéis missionários na terra natal e a avançar para novos campos, deve progredir mais e mais, ao nos aproximarmos do término da história ter-restre. O evangelho não se deve restringir a algum tempo ou confinar-se a algum lugar. O mundo é o campo do ministro do evangelho, e a família humana inteira é sua congregação. Quando ele termina de apresentar um sermão, sua obra está apenas iniciando, pois a palavra da vida deve ser apresentada de casa em casa. A verdade deve ser levada de cidade a cidade, de rua em rua, de família a família. Todo método pelo qual se obtenha acesso aos lares das pessoas deve ser testado, pois o mensageiro precisa conhecer as pessoas. A verdade deve ser levada de província em província, de reino a reino. Os caminhos e atalhos precisam ser totalmente respigados, e a mensagem deve se espalhar de um continente a outro, até que a Terra toda seja abrangida pelo evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. MPC 82 1 Ministros e missionários devem sempre ter em vista as "terras de além". O Salvador disse de Seu povo: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5:14). A verdade deve ser proclamada; a luz deve brilhar com raios claros e constantes. Abnegação, sacrifício próprio e seriedade devem ser postos em ação; é necessário que a luz brilhe até que preciosas pessoas sejam trazidas e assumam sua posição ao lado do Senhor. Então, o obreiro deve avançar para as "terras de além", onde pessoas sejam reunidas e a preciosa luz brilhe em meio às trevas morais que envolvem o povo. Assim deve a verdade ser pregada até que seja iluminada, enobrecida e ampliada na mente daqueles que se assentam nas trevas como se estivessem envolvidos por uma mortalha. Todo obreiro deve permanecer no posto do dever, não só para pregar, mas para se aproximar das pessoas, conhecê-las em seus lares como Jesus fazia, trabalhando abnegadamen-te, com dedicação, até que a obra esteja bem encaminhada. Quando um grupo se forma para levar a luz à comunidade, serão vistas oportunidades que convidam os obreiros às "terras de além". Os obreiros de Deus estarão sempre avançando, sempre dependendo da guia do Espírito Santo (Bible Echo, 21 de maio de 1894). MPC 82 2 Toda pessoa necessitada é meu próximo - Onde quer que haja necessidade e sofrimento humanos, há campo para a obra missionária. Há muitos indivíduos nada promissores ao nosso redor, os quais, com hábitos nocivos, sacrificam a força de sua masculinidade dada por Deus. Vamos nós desprezá-los? Não; o Senhor Jesus os comprou a um preço infinito, derramando até mesmo o sangue do Seu coração. Vocês, que professam ser filhos de Deus, são cristãos na plena acepção do termo ou, em sua prática de vida, são apenas falsos, dissimuladores? Perguntam, como fez Caim: "Acaso, sou eu tutor de meu irmão?" (Gn 4:9). Dirá o Senhor a algum de nós o que disse a Caim: "Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a Mim" (v. 10)? Falharemos em executar a obra que Deus nos deu, e não buscaremos salvar o que está perdido? Há muitos que perguntam, como o doutor da lei: "Quem é o meu próximo?" (Lc 10:29). A resposta nos é dada por meio das circunstâncias que tiveram lugar perto de Jericó, quando o sacerdote e o levita passaram de largo, deixando o pobre e ferido estrangeiro para ser cuidado pelo bom samaritano. Todo aquele que está sofrendo necessidade é nosso próximo. Cada errante filho e filha de Adão que foi iludido por Satanás e escravizado por hábitos errôneos que debilitam a masculinidade ou a feminilidade dada por Deus, é meu próximo (RH, 12 de novembro de 1895). MPC 83 1 O mundo todo deve ser evangelizado para Deus - Acordei muito aflita. Adormeci novamente, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa do mundo todo. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem de ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, ela deveria refleti-la sobre as demais. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. MPC 83 2 Foram repetidas as palavras: "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus" (Mt 5:13-16). MPC 83 3 Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida e, como resultado, se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo o mundo (T9, p. 28, 29 [1909]). MPC 83 4 A luz do Sol da Justiça deve se estender aos necessitados - Há para ser feita por nossas igrejas uma obra da qual poucos têm alguma ideia. "Tive fome", diz Cristo, "e Me destes de comer; tive sede, e Me destes de beber; era estrangeiro, e Me hospedastes; estava nu, e Me vestistes; enfermo, e Me visitastes; preso, e fostes ver-Me" (Mt 25:35, 36). Temos que dar de nossos recursos para sustentar os obreiros no campo da seara e nos alegrarmos pelos feixes colhidos. Embora isso esteja certo, há uma obra, ainda intocada, que deve ser feita. A missão de Cristo era curar os enfermos, encorajar os desesperançados, levantar o desalentado. Essa obra de restauração deve ser promovida entre os necessitados sofredores da humanidade. Deus pede não apenas nossa benevolência, mas nossa fisionomia alegre, nossas palavras de esperança, nosso aperto de mão. Aliviem alguns dos aflitos de Deus. Alguns estão enfermos, e a esperança os abandonou. Devolvam-lhes a alegria. Há pessoas que perderam a coragem; falem com elas; orem por elas. Há os que necessitam do pão da vida. Leiam para eles a Palavra de Deus. Há uma enfermidade do coração que nenhum bálsamo pode alcançar, nenhum remédio curar. Orem por esses e levem-nos a Jesus. E em todo o seu trabalho esteja Cristo presente para fazer impressões no coração humano. Essa é o tipo de obra médico-missionária a ser feita. Trazer o brilho do Sol da Justiça ao quarto dos enfermos e sofredores. Ensinar os moradores de lares pobres a cozinhar. "Como pastor, apascentará o Seu rebanho" (Is 40:11) com alimento físico e espiritual (Manuscrito 105, 1898; CME, p. 22, 23). MPC 84 1 O bem-estar de todos está entrelaçado - Não deve haver monopólio do que, em certa medida, pertence a todos, altos e baixos, ricos e pobres, instruídos e ignorantes. Nem um raio de luz deve ser desprezado, nem impedido, nem um clarão não reconhecido, ou mesmo aceito com relutância. Façam todos sua parte pela verdade e a justiça. Os interesses das diferentes classes da sociedade se acham indissoluvelmente unidos. Estamos todos entrelaçados na grande teia da humanidade, e não podemos, sem prejuízo, retirar nossa compaixão uns pelos outros. É impossível manter na igreja uma saudável influência, quando não existe o interesse e a solidariedade em comum (OE, p. 331 [1915]). Público-Alvo Os Não Alcançados MPC 84 2 Muitos habitantes de cidades não sabem sobre a breve vinda de Cristo - Em todas as nossas cidades existem aqueles aos quais não foi apresentada a verdade presente; aqueles que não ouviram a mensagem de advertência sobre a breve volta do Senhor; que não ouviram que o fim de todas as coisas está próximo. A menos que mensageiros vão a elas no Espírito de Cristo, como ouvirão essas pessoas o convite evangélico? Como saberão que seus pecados podem ser perdoados mediante a misericórdia de um Salvador crucificado e ressurreto? (RH, 2 de julho de 1895). Os Pobres MPC 84 3 Os pobres aceitam o evangelho - O povo do Senhor é na maioria composto dos pobres deste mundo, do povo comum. Não muitos sábios, nem muitos poderosos, nem muitos nobres são chamados. Deus "escolheu [...] pobres deste mundo" (Tg 2:5). "Aos pobres é anunciado o evangelho" (Mt 11:5). Os ricos são chamados em certo sentido; são convidados, mas não aceitam o convite. Mas nessas cidades ímpias o Senhor tem muitos que são humildes e, no entanto, confiantes (Manuscrito 17, 1898; Ev, p. 565). MPC 85 1 Todos são chamados a auxiliar os carentes - Irmãos e irmãs, ao chegar-lhes esse apelo em favor dos necessitados, espero que reajam. Que cada membro se interesse vivamente por essa boa obra. Não permitam que Jesus fique decepcionado com vocês. A Palavra de Deus é farta de instruções quanto à maneira como devemos tratar as viúvas, os órfãos e os pobres necessitados e sofredores. Se todos fizessem a obra do Mestre, o coração da viúva cantaria de alegria, criancinhas famintas seriam alimentadas, os desamparados seriam vestidos, e reavivados os que já estavam a ponto de perecer (Manuscrito 26, 1891; MM, julho de 1891). MPC 85 2 Interessar-se por todo caso de necessidade - É desígnio de Deus que o rico e o pobre estejam intimamente ligados pelos laços da solidariedade e da assistência. Manda-nos que nos interessemos em todo caso de sofrimento e necessidade que nos venha ao conhecimento. Não julguemos abaixo de nossa dignidade o servir à humanidade sofredora (T6, p. 279 [1900]). MPC 85 3 O melhor caminho para alcançar corações - Podemos alcançar melhor os corações manifestando interesse pela humanidade necessitada e sofredora. A cultura da mente e do coração é alcançada com muito mais facilidade quando manifestamos em outros tal terna compaixão a ponto de espalharmos nossos benefícios e privilégios no sentido de aliviar-lhes as necessidades (Carta 116, 1897; BS, p. 192, 193). MPC 85 4 É necessário envolvimento pessoal - Ao tentar ajudar o pobre, o desprezado e abandonado não é correto trabalhar por eles como se fosse do alto de um pedestal de dignidade e superioridade, pois, dessa maneira, nada se conseguirá. É preciso estar verdadeiramente convertido, tendo aprendido dAquele que é manso e humilde de coração. Devemos ter sempre o Senhor diante de nós. Como servos de Cristo, devemos dizer sempre, para que nunca o esqueçamos: "Fui comprado por preço." MPC 85 5 Deus pede não somente nossa beneficência, mas um semblante satisfeito, palavras de esperança e um aperto de mão. Ao visitar os aflitos do Senhor, encontraremos alguns a quem a esperança já abandonou; levemos a eles de volta os seus raios. Outros há que carecem do pão da vida; leiamos para eles a Palavra de Deus. Há em outros uma enfermidade que bálsamo terrestre algum pode amenizar, médico algum pode curar; oremos por esses e os levemos a Jesus (T6, p. 277 [1900]). MPC 85 6 Auxiliar os pobres que podem ser beneficiados - Os pobres do Senhor devem ser ajudados em cada caso que seja para seu benefício. Devem ser levados ao ponto em que possam ajudar a si mesmos. Não temos dúvida com respeito aos casos dessa classe de pobres. Os melhores métodos para auxiliá-los devem ser considerados com cuidado e oração. MPC 86 1 O Senhor depõe essa responsabilidade sobre cada igreja. Deus permite que os pobres se achem dentro dos limites de toda igreja. Não devem passar por alto os pobres do Senhor, mas dispensar luxos [...], a fim de dar conforto aos sofredores necessitados. MPC 86 2 Depois disso, podem ir ainda mais longe para ajudar aqueles que não são da família da fé, se forem as pessoas certas a receber auxílio (Manuscrito 46, 1900; MR4, p. 421, 422; ver também T6, p. 272). MPC 86 3 Providenciar oportunidades de emprego - Que se pode fazer onde domina a pobreza, tendo-se com ela de lutar a cada passo? O trabalho é certamente difícil. A necessária reforma jamais se efetuará, a menos que homens e mulheres sejam assistidos por um poder fora deles mesmos. É o desígnio de Deus que o rico e o pobre estejam intimamente ligados pelos laços da solidariedade e da assistência mútua. Os que dispõem de recursos, talentos e aptidões devem empregá-los para benefício de seus semelhantes. [...] MPC 86 4 Deve-se dar atenção ao estabelecimento de várias indústrias, para que famílias pobres possam assim encontrar colocação. Carpinteiros, ferreiros, enfim, todos quantos têm conhecimento de algum ramo de trabalho útil, devem sentir a responsabilidade de ensinar e ajudar o que não tem estudo e o desempregado (CBV, p. 193, 194 [1905]). MPC 86 5 Quando não auxiliamos os pobres roubamos a Deus - Toda extravagância deve ser eliminada de nossos hábitos, porque o tempo que nos resta para trabalhar é curto. Por toda parte, ao nosso redor, vemos miséria e sofrimento; famílias em falta do necessário, crianças sem comida. A casa do pobre sofre, muitas vezes, da falta de móveis indispensáveis, de colchões e roupa de cama. Muitos vivem em simples casebres, destituídos de conforto. O clamor dos pobres chega aos Céus. Deus vê e ouve. Mas muitos se glorificam a si mesmos. Enquanto seus semelhantes curtem a miséria, passando fome, eles gastam grandes somas com mesa farta, comendo muito mais do que é necessário. Que contas prestarão a Deus do emprego tão egoísta de Seu dinheiro? O que desprezar as provisões que Deus fez quanto aos pobres verá que não só roubou ao próximo, como a Deus, desfalcando Sua propriedade (Manuscrito 60, 1896; Special Testimonies to Ministers and Workers, Série A, n° 9, p. 68, 69). MPC 87 1 A generosidade para com os outros não resultará em pobreza pessoal - "Pois nunca cessará o pobre", diz Ele [Jesus], "do meio da Terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre na tua terra" (Dt 15:11). [...] MPC 87 2 Ninguém precisa temer que sua liberalidade o leve à necessidade. A obediência aos mandamentos de Deus daria certamente em resultado a prosperidade. [...] MPC 87 3 O plano de vida que Deus deu a Israel destinava-se a servir de lição objetiva para toda a humanidade. Fossem esses princípios postos em prática hoje em dia, como o mundo seria diferente! (CBV, p. 186-188 [1905]). Os Abastados, Cultos E Poderosos MPC 87 4 As classes mais altas da sociedade devem ser alcançadas - A mensagem do evangelho deve ser pregada em cada cidade, pois isso está em harmonia com o exemplo de Cristo e Seus discípulos. Devem os médicos-missionários procurar de forma paciente e diligente as classes mais altas. Se essa obra for feita fielmente, homens de profissões se tornarão evangelistas preparados (Manuscrito 33, 1901; MS, p. 241). MPC 87 5 A obra em favor das classes mais altas necessita de nossa melhor habilidade - Devemos apresentar a verdade àqueles da alta camada social. Esse trabalho tem sido negligenciado. Temos uma obra a fazer pelas classes mais elevadas, e essa obra necessita de todas as nossas habilidades. Embora não devamos, de modo algum, negligenciar os pobres e carentes, não temos homens nem dinheiro para a obra entre as classes mais humildes. Voltamos a atenção de nossos obreiros para um nível mais alto. Todas as razões para isso não posso explicar agora. MPC 87 6 Os campos amadurecidos para a ceifa têm-se estendido perante mim. Devemos trabalhar pela classe mais alta de pessoas. Então teremos força e capacidade com as quais avançar na forma que Deus tem indicado (Carta 164, 1901, p. 2; MR4, p. 420, 421). MPC 87 7 Necessidade de métodos para partilhar o evangelho com todas as classes - O convite do evangelho deve ser feito aos ricos e aos pobres, aos elevados e aos humildes, e precisamos imaginar meios para levar a verdade a novos lugares, e a todas as classes de pessoas. O Senhor nos ordena: "Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a Minha casa" (Lc 14:23). Ele diz: "Comecem junto aos caminhos; façam o trabalho completo; preparem um grupo que, junto a vocês, possam sair para fazer aquele mesmo trabalho que Cristo fez ao buscar e salvar o que se havia perdido" (Manuscrito 3, 1899; MS, p. 312). MPC 88 1 As pessoas influentes não devem ser ignoradas - Este mundo caído encontra-se em mãos estranhas. Os homens governam por dinheiro e pregam por dinheiro. Em todas as transações comerciais há uma luta pela supremacia. Se Cristo andasse pelas ruas de nossas cidades hoje, poucos teriam interesse suficiente em segui-Lo. Aqueles que desempenham uma parte no governo do mundo não têm parte com Cristo, que declarou: "Sem Mim, nada podeis fazer" (Jo 15:5). Podem ser estadistas bem-sucedidos aqueles 106 que não aprenderam os caminhos e métodos do Grande Mestre? Os homens nas elevadas posições de confiança devem ser educados na escola de Cristo. Não evitem esses homens influentes (RH, 21 de agosto de 1900). MPC 88 2 Os ricos alcançados por mensagens baseadas na Bíblia - Devem os servos de Cristo trabalhar fielmente pelos ricos de nossas cidades, assim como pelos pobres e carentes. Há pessoas que ganham muito dinheiro e ainda são suscetíveis às influências e impressões da mensagem evangélica e que, quando a Bíblia, e ela unicamente, lhes é apresentada como padrão da fé e prática cristãs, serão pelo Espírito de Deus levadas a abrir portas para a propagação do evangelho. Revelarão uma fé viva na Palavra de Deus, e usarão os meios que lhes foram confiados para preparar o caminho do Senhor, para "endireitar no ermo vereda a nosso Deus" (T9, p. 113, 114 [1909]). MPC 88 3 O Espírito Santo usa autoridades do governo para proteger a obra de Deus - Mas, enquanto Jesus permanece como intercessor do homem no santuário celestial, a influência repressora do Espírito Santo é sentida pelos governantes e pelo povo. Essa influência governa ainda, até certo ponto, as leis do país. Não fossem estas, e a condição do mundo seria muito pior do que hoje é. Embora muitos de nossos legisladores sejam ativos agentes de Satanás, Deus também tem Seus instrumentos entre os principais homens da nação. O inimigo incita seus servos a que proponham medidas que impediriam muito a obra de Deus; mas estadistas que temem o Senhor são influenciados por santos anjos para que se oponham a essas propostas, com argumentos irrefutáveis. Assim, um pequeno grupo de homens irá deter a poderosa corrente de males. A oposição dos inimigos da verdade será restringida a fim de que a mensagem do terceiro anjo possa efetuar sua obra. Quando for dada a advertência final, prenderá a atenção das pessoas influentes por meio de quem o Senhor está agora a operar, e algumas delas a aceitarão, e se manterão com o povo de Deus durante o tempo de angústia (GC, p. 610, 611 [1911]). Universidades Seculares MPC 89 1 Os jovens devem praticar virtudes descritas pelo apóstolo Pedro -- Se nossos jovens ouvissem e praticassem as regras expostas neste capítulo [2Pe 1], que influência exerceriam ao lado da justiça, quer estivessem em Ann Arbor [i.e., numa universidade estadual], quer em nossas instituições ou em qualquer lugar de responsabilidade! (Carta 43, 1895; PCP, p. 48). Pessoas De Mente Secular MPC 89 2 Satanás busca desviar as mentes da verdade - As multidões não advertidas estão rapidamente se transformando no passatempo do maligno. Satanás os está conduzindo a muitas formas de loucura e satisfação do eu. Muitos estão à procura do que é novo e excitante; estão com a mente distante de Deus e das verdades de Sua Palavra. Neste tempo, quando o inimigo está atuando como nunca antes para dominar a mente de homens e mulheres e desviá-los da verdade, deveríamos estar trabalhando com crescente disposição nos caminhos e valados. Diligentemente, interessadamente, devemos proclamar a última mensagem de misericórdia nas cidades - os caminhos -, e a obra não deve findar ali, mas ser estendida para as regiões circunvizinhas e distritos rurais - nos valados e atalhos. MPC 89 3 Todas as classes devem ser alcançadas. Ao trabalharmos, nos encontraremos com várias nacionalidades. Ninguém deve ser passado por alto, sem ser advertido. O Senhor Jesus foi o dom de Deus ao mundo inteiro - não somente às classes mais elevadas, e não a uma nacionalidade qualquer, com a exclusão de outras. Sua graça salvadora envolve o mundo inteiro. Quem quiser pode beber livremente da água da vida (Carta 4, 1911; OA, p. 54). MPC 89 4 Mentes a serem influenciadas em favor de Cristo - Ao unirem-se os médicos com os pastores na proclamação do evangelho nas grandes cidades da Terra, seus combinados esforços resultarão em influenciar muitas mentes em favor da verdade para este tempo. MPC 89 5 Pela luz que Deus me tem dado, sei que Sua causa hoje está em grande necessidade de representantes pessoais da verdade bíblica. Os pastores ordenados não serão suficientes para essa tarefa. Deus está chamando não somente os pastores, mas também os médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados membros leigos que tenham conhecimento da verdade presente, para que se considerem as necessidades das cidades não advertidas. Deve haver uma centena de cristãos ativamente empenhados em trabalho missionário pessoal, onde agora só existe um. O tempo está passando rapidamente. Há muito trabalho a ser feito antes que a oposição satânica feche o caminho. Todos os recursos devem ser postos em ação, a fim de que as oportunidades presentes possam ser sabiamente aproveitadas (RH, 7 de abril de 1910; MS, p. 248, 249). Participantes De Exposições E Convenções MPC 90 1 As exposições e outros grandes ajuntamentos proporcionam oportunidades evangel ísticas - Recebi instruções que, ao nos aproximarmos do fim, haverá grandes agrupamentos em nossas cidades, como houve recentemente em St. Louis3, e que devemos nos preparar para apresentar a verdade nessas reuniões. Quando Cristo esteve na Terra, aproveitou tais oportunidades. Onde quer que houvesse grande ajunta-mento de pessoas, com qualquer objetivo, Sua voz se fazia ouvir, clara e audível, proclamando Sua mensagem. E, em resultado disso, depois de Sua crucifixão e ascensão, milhares se converteram num dia. A semente semeada por Cristo calou fundo nos corações, germinou e, quando os discípulos receberam o dom do Espírito Santo, a colheita foi recolhida. MPC 90 2 Os discípulos saíram e pregaram a Palavra por todas as partes, com tamanho poder, que os oponentes ficaram apavorados e não ousaram fazer o que teriam feito, não fosse a clara evidência de que Deus estava operando. MPC 90 3 Em cada grande ajuntamento, alguns de nossos pastores devem estar presentes. Devem agir com sabedoria, a fim de obter ouvintes, de modo que possam apresentar a luz da verdade a tantos quantos for possível. [...] MPC 90 4 Devemos aproveitar cada uma dessas oportunidades, como a que se nos apresentou na exposição de St. Louis. Em todos esses ajuntamentos devem estar presentes homens a quem Deus possa usar. Devem ser espalhados, como folhas do outono, entre o povo, folhetos que contenham a luz da presente verdade. Para muitos que assistem a essas reuniões, esses folhetos serão como as folhas da árvore da vida, que servem para cura das nações. MPC 90 5 Eu lhes enviei esta carta, meus irmãos, para que a enviem a outros. Os que saem a proclamar a verdade serão abençoados por Aquele que lhes deu o encargo de pregar essa verdade. [...] MPC 91 1 Chegou o tempo em que, como nunca antes, os adventistas do sétimo dia devem se erguer e brilhar, porque sua luz tem vindo e a glória do Senhor brilhado sobre eles (Carta 296, 1904; Ev, p. 35, 36). Nem Todos São Chamados A Trabalhar Exclusivamente Pelas Classes Mais Humildes MPC 91 2 É necessária a obra tanto em favor dos pobres como dos ricos - [Nota escrita pelo Dr. Daniel H. Kress: "Antes de graduar-me na Universidade de Michigan, durante o último ano, passei três meses na cidade de Chicago, onde abrimos uma missão médica, com a meta de ajudar os discriminados e negligenciados, conhecidos como os indigentes, na pior parte da cidade de Chicago. Gostei desse trabalho e, na minha falta de orientação, achei que possivelmente assumiria essa obra de novo. Escrevi à Irmã White contando-lhe sobre minhas ideias e, em resposta, ela disse:"] MPC 91 3 Em sua carta, você fala da obra de resgate nas partes mais pobres da cidade. Fico contente por você sentir a responsabilidade de ajudar exatamente aqueles que necessitam de auxílio. Cristo deseja que Sua obra se torne a luz do mundo. Ele mesmo veio para tornar conhecido a todas as classes o evangelho da salvação. Pode haver, associados a você, alguns que devam trabalhar entre os desafortunados e miseráveis, mas você foi escolhido especialmente para trabalhar pelas classes mais elevadas. Sua influência perante elas seria diminuída, caso se associasse basicamente com a obra de resgate entre os que, em geral, são considerados como os discriminados (The Kress Collection, p. 168, 169; a resposta de Ellen White está na Carta 158, 1909 [MR7, p. 329, 330]). MPC 91 4 Considerar prioridades quando se trabalha pelas classes mais baixas - A grande questão de nosso dever para com a humanidade é séria, e grande soma da graça de Deus é necessária na decisão de como trabalhar de modo que se produza o máximo de bem. Nem todos são chamados a iniciar seu trabalho atuando entre os da mais baixa classe. Deus não requer que Seus obreiros obtenham educação e preparo para se devotar exclusivamente a essas classes (Manuscrito 3, 1899; Ev, p. 548). MPC 91 5 A obra em favor das classes mais baixas não deve suplantar a proclamação mundial do evangelho - Não aconselhamos nosso povo a abrir uma obra nas cidades, a ponto de construir prédios aos quais queiram convidar a classe mais corrompida de pessoas a vir e receber alimento, lugar para dormir e tratamento, sem dinheiro e sem preço. Não se requer de ninguém que estabeleça uma obra em qualquer cidade, a fim de fazer um convite a uma classe indiscriminada para que seja mantida pela caridade do povo adventista do sétimo dia, cuja obra especial é levar uma mensagem impopular ao mundo. A comissão foi dada para que se leve a mensagem a todas as nações (Carta 90, 1900; MR4, p. 420). MPC 92 1 Não proibir os que se sentem chamados a ajudar as piores partes das cidades - Se homens sentem que Deus os chamou para dedicar todos os seus esforços missionários à pior parte das cidades, ninguém deve proibi-los de trabalhar (Carta 3, 1900; MR4, p. 421). MPC 92 2 Obter do mundo apoio monetário para financiar a obra em favor dos mais imorais na sociedade - Se há homens que assumam a obra de trabalhar pelos mais degradados, homens sobre os quais Deus colocou o interesse de trabalhar pelas massas de várias maneiras, que esses convertidos saiam e recoltem do mundo os meios necessários para fazer esse trabalho. Não dependam eles dos recursos determi-nados por Deus para o sustento da obra do evangelho (Carta 205, 1899; MR20, p. 252). ------------------------Capítulo 8 -- Trabalhando Dentro E Fora Das Cídades MPC 93 1 Alguns devem morar nas cidades para trabalhar em favor dos outros - É propósito de Satanás atrair os homens e as mulheres para as cidades; e para alcançar seu objetivo, inventa todo tipo de novidades e divertimentos, toda espécie de provocação. E as cidades da Terra hoje vão se tornando como as cidades de antes do dilúvio. MPC 93 2 Devemos ter contínua preocupação ao vermos o cumprimento das palavras de Cristo: "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem" (Mt 24:37). Nos dias anteriores ao dilúvio, inventou-se todo tipo de divertimentos para levar homens e mulheres à negligência e ao pecado. Hoje, em 1908, Satanás está trabalhando com intensidade para que as mesmas condições más prevaleçam. E a Terra está se tornando corrompida. Pouco será respeitada a liberdade religiosa pelos supostos cristãos, pois muitos deles não têm compreensão alguma das coisas espirituais. MPC 93 3 Não podemos deixar de ver que o fim do mundo está prestes a vir. Satanás está operando sobre a mente de homens e mulheres, e muitos parecem estar cheios do desejo de divertimentos e agitação. Como nos dias de Noé, toda espécie de mal está se multiplicando. O divórcio e o casamento estão em alta. Num tempo como este, o povo que procura guardar os mandamentos de Deus deve procurar lugares afastados, longe das cidades. Alguns devem permanecer nas cidades para dar a última nota de advertência, mas ficará cada vez mais perigoso fazer isso. Contudo, a verdade para hoje deve chegar ao mundo - a verdade assim como foi pronunciada pelos lábios dAquele que compreende o fim desde o princípio (Manuscrito 85, 1908; MR10, p. 261, 262). MPC 93 4 Membros leigos se mudarão para as cidades a fim de dirigir a obra evangelística - Há ao nosso redor cidades e vilas onde não se está fazendo esforço algum para salvar pessoas. Por que não haveriam de se estabelecer nesses lugares famílias conhecedoras da verdade presente, para ali hastear a bandeira de Cristo, trabalhando com humildade, não à sua maneira, mas segundo a maneira de Deus, para proporcionar a luz àqueles que dela não têm conhecimento? [...] Haverá membros leigos que se mudarão para vilas e cidades, para lugares aparentemente remotos, a fim de que façam brilhar para outros a luz que Deus lhes confiou. Algumas das pessoas com quem entram em contato não parecerão muito promissoras, mas a única pergunta deveria ser: Chegarão elas a se colocar em harmonia com Cristo? Irão se tornar participantes de Seu espírito, de modo que sua influência, por preceito e por exemplo, apresente os atrativos do Autor da verdade e da justiça? (RH, 29 de setembro de 2891; SC, p. 180). MPC 94 1 As instituições devem ser localizadas fora das cidades; as igrejas, estabelecidas dentro - Repetidamente nos vem o Senhor instruindo que devemos fazer o trabalho nas cidades partindo de centros da periferia. Nessas cidades, devemos ter casas de culto, como memoriais de Deus, mas as instituições para a publicação de nossa literatura, para a cura dos enfermos e para o preparo de obreiros, devem ser estabelecidas fora das cidades. É especialmente importante que nossos jovens sejam protegidos das tentações da vida nas cidades. MPC 94 2 Está em harmonia com essa instrução terem as igrejas sido compradas e rededicadas em Washington e em Nashville, enquanto as casas publicadoras e os hospitais desses centros se têm estabelecido fora do centro congestionado das cidades, como postos avançados. É esse o plano que se tem seguido na retirada de outras casas publicadoras e hospitais para o campo, e que agora está sendo seguido na Grã-Bretanha com relação à casa publicadora de Londres e também à escola de preparo dali. É-nos dada agora a oportunidade de avançar nas amplas providências divinas, ajudando aos irmãos desses e de muitos outros centros importantes a estabelecerem a obra em base firme, a fim de que esta possa ser solidamente levada avante (Special Testimonies, série B, n° 8, p. 7, 8; ME2, p. 358). Igrejas MPC 94 3 Igrejas devem ser estabelecidas nas cidades - Em cada cidade onde a verdade é proclamada devem-se levantar igrejas. Em algumas cidades grandes é preciso que haja igrejas em diferentes partes da cidade. Em alguns lugares, casas de reunião serão oferecidas ainda por preço razoável, as quais podem ser compradas com vantagem (Carta 168, 1909; MS, p. 309). (Para informação adicional, veja o capítulo 10: "Plantando Igrejas nas Cidades.") Missões Nas Cidades MPC 95 1 Toda cidade deve ter uma missão urbana - Embora uns poucos locais tenham sido penetrados, deviam-se estabelecer muitos centros nos quais se empregariam centenas de obreiros. Em cada cidade devia haver uma missão urbana, que fosse uma escola de preparo para obreiros. Muitos de nossos irmãos são passíveis de condenação à vista de Deus, porque não têm feito o trabalho que Ele queria que fizessem (Carta 56, 1910; ver também MS, p. 303). MPC 95 2 Obra samaritana para servir àqueles a quem a sociedade ignora - Nada dará tanta reputação à obra na apresentação da verdade como ajudar o povo exatamente onde ele se encontra - como esta obra samaritana. Uma obra devidamente dirigida para salvar os pobres pecadores passados por alto pelas igrejas será a cunha de entrada onde a verdade encontrará lugar permanente. É preciso que se estabeleça uma ordem diferente de coisas entre nós como um povo e, ao fazer essa espécie de trabalho, seria criada uma atmosfera inteiramente diferente, circundando o coração dos obreiros, pois o Espírito Santo comunica a todos os que fazem o serviço de Deus, e os que são movidos pelo Espírito Santo serão uma força para o bem em elevar, fortalecer e salvar as pessoas quase a perecer (Manuscrito 14a, 1897; Ev, p. 567, 568). MPC 95 3 A missão urbana aumentará os pedidos de ajuda - Temos um vasto território pelo qual trabalhar em nossas cidades. Quando se estabelece uma missão em uma cidade, solicitações de mais obreiros virão do território circunvizinho. Segundo a luz que me foi dada, durante os últimos trinta anos não se fez nem a milésima parte do que deveria ter sido feito. Planos para uma obra intensa deviam ter sido postos em ação (Carta 176, 1901). Instituições Educacionais MPC 95 4 Escolas religiosas devem ser estabelecidas em cidades - Muito mais se pode fazer para salvar e educar os filhos dos que atualmente não podem sair das cidades. Essa é uma questão digna dos nossos melhores esforços. Devem-se estabelecer escolas de igreja para as crianças que estão nas cidades e, em ligação com essas escolas, devem-se tomar providências para o ensino de estudos mais elevados, onde estes forem exigidos. Essas escolas podem ser administradas de tal modo, uma parte unida a outra, que se tornem um todo completo (Manuscrito 129, 1903; MR10, p. 258). MPC 96 1 Pais incentivados a enviar filhos às escolas religiosas - A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, frequentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniquidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades se tornaram como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que frequentam as escolas públicas se relacionam muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação de rua. O coração dos pequenos é facilmente influenciado; e a menos que o ambiente onde elas estão seja o mais adequado, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se deem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e o coração de seus pequenos é corrompido (CPPE, p. 173 [1913]). MPC 96 2 Educar os alunos no campo 2 é importante para a salvação deles - Compreendam os pais que o preparo dos filhos é uma obra importante na salvação de pessoas. Em lugares campestres é possível realizar exercício abundante e útil ao se fazerem as coisas que precisam ser feitas, e que darão saúde física por desenvolverem os nervos e os músculos. "Saí das cidades", é minha mensagem para a educação de nossos filhos (Manuscrito 85; ME2, p. 355). Sanatórios MPC 96 3 Os sanatórios devem alcançar todas as classes - Grande luz tem estado a brilhar sobre nós, mas bem pouco dessa luz nós refletimos para o mundo. Os anjos celestiais estão esperando pelos seres humanos para com eles cooperarem na execução prática dos princípios da verdade. É por meio de nossas casas de saúde e empreendimentos afins que grande parte dessa obra deve ser realizada. Essas instituições devem ser lugares representativos de Deus pelos quais Seu poder restaurador possa se estender a todas as classes, altas e baixas, ricas e pobres. Todo recurso nela investido por amor de Cristo trará bênçãos tanto para o doador como para a humanidade sofredora (T7, p. 58, 59 [1902]). MPC 97 1 Não se estabeleçam sanatórios e escolas 4 nas cidades - Têm-me sido apresentadas algumas coisas que julgo da maior importância. Nossas instituições não devem ser estabelecidas no meio das cidades. Tão grande é a impiedade dessas cidades que muito do que os olhos veem e os ouvidos ouvem tem influência desmoralizadora. Devem nossas escolas e sanatórios, principalmente, se localizar fora das cidades, em lugares onde se possa contar com uma porção de terra. [...] MPC 97 2 Seria um erro adquirirmos ou construirmos grandes prédios nas cidades do sul da Califórnia para a obra do sanatório, e aqueles que veem vantagens em se fazer isso não estão agindo com entendimento. Uma grande obra deve ser realizada em preparar essas cidades para ouvir a mensagem do evangelho, mas essa obra não se fará mediante a instalação de grandes prédios nelas para a realização de algum empreendimento extraordinário (Manuscrito 114, 1902; MR10, p. 209-211). MPC 97 3 Melhor estabelecer sanatórios no campo - As instituições para o cuidado dos doentes seriam incomparavelmente mais bem-sucedidas se fossem situadas fora das cidades. O quanto possível, todos os que estão procurando recuperar a saúde se devem colocar num ambiente campestre, onde possam fruir os benefícios da vida ao ar livre. A natureza é o médico de Deus. O ar puro, a alegre luz solar, as belas flores e árvores, os belos pomares e vinhas e o exercício ao ar livre nessa atmosfera são transmissores de saúde - o elixir da vida (CBV, p. 263, 264 [1905]). MPC 97 4 O crime nas cidades aumenta a necessidade de estabelecer sanatórios nas montanhas - Ao nos aproximarmos do fim dos tempos, as cidades se tornarão cada vez mais corruptas, e cada vez mais questionáveis como locais para o estabelecimento de centros da nossa obra. Os perigos ao viajar aumentarão; confusão e embriaguez serão abundantes. Se for possível encontrar lugares em regiões montanhosas retiradas, onde seja difícil lis a entrada dos males das cidades, que nosso povo consiga esses locais para nossos sanatórios e escolas superiores (Manuscrito 85, 1908; MR10, p. 260). MPC 98 1 Os prédios do sanatório devem promover saúde e felicidade, não extravagância - Como fez Enoque, devemos trabalhar nas cidades, mas não morar nelas. Nada que sugira extravagância deve ser visto nos gastos de recursos para construir ou mobiliar, por termos a expectativa de receber doações. Encontrem um local que tenha uma atmosfera favorável e executem sua obra, mas mantenham-se afastados das residências dos governantes da terra. Exerçam a capacidade que Deus lhes deu em favor das pessoas que necessitam ser enobrecidas. Não coloquem sua instituição no meio das casas de homens abastados. Se possível, devemos conseguir para o sanatório um local que não tenha aglomeração, onde haja terra própria para o cultivo. Nada se deve fazer por exibição. Mediante estrita economia, devemos mostrar nossa compreensão de que somos estrangeiros e peregrinos sobre a Terra. [...] MPC 98 2 Ao erguermos nossos edifícios, devemos nos manter longe das casas dos grandes homens do mundo e deixar que eles busquem o auxílio de que necessitam, ausentando-se de seus amigos para os mais afastados lugares. Que a atenção deles seja atraída para as pessoas que amam e temem a Deus. Se o sanatório não estiver perto das casas de homens ricos, estes não terão a oportunidade de comentar desfavoravelmente sobre ele, por se saber que é um lugar que recebe a humanidade sofredora de todas as classes. [...] MPC 98 3 O que é necessário para promover o sucesso? Um edifício grande e caro? Se assim for, não seremos bem-sucedidos. Mas não é isso que nos dá o sucesso. É a atmosfera de graça que circunda a vida do crente, o Espírito Santo atuando sobre a mente e o coração, que o torna um cheiro de vida para vida e permite que Deus lhe abençoe o trabalho. Deus deseja unir Sua família de obreiros mediante a compaixão mútua, a afeição pura. O amor e o respeito de um para com o outro tem uma influência poderosa e é uma representação da piedade prática. A descrença é fria e repulsiva, escura e amedrontadora, e só rejeita e destrói, enquanto a obra da fé, sob todas as circunstâncias, pode erguer a cabeça em consciente dignidade e firme confiança em Deus. Até mesmo os corações juvenis podem revelar insuperável beleza e glória na trilha da abnegação e do sacrifício próprio, ao seguir pelo caminho por onde Cristo os conduz, erguendo Sua cruz e carregando-a após Ele até à casa do Seu Pai no Céu, andando pelo caminho estendido aos resgatados do Senhor. [...] MPC 98 4 Que todos os nossos edifícios sejam preparados para a saúde e felicidade, arranjados de tal modo que se evite todo passo desnecessário. Que o sanatório se localize de maneira que os pacientes recebam os benefícios da luz solar. Deve haver uma lareira em cada quarto dos pacientes. Essas providências internas devem ser tomadas mesmo que o prédio não se alinhe diretamente com estradas ou outros prédios. Os quartos devem ser mobiliados com cadeiras confortáveis, nem todas feitas segundo o mesmo modelo. Os resultados serão muito mais satisfatórios se for quebrada a uniformidade da mobília. Deus nos deu um plano para isso na variedade de forma e cor vista nas coisas da natureza. Devem ser desembolsados recursos para obter móveis confortáveis e propícios para o repouso. Os pacientes ficarão muito mais satisfeitos com eles do que se toda a mobília fosse exatamente igual (Manuscrito 85, 1899; MR10, p. 241-247). MPC 99 1 Considerar propriedades adequadas para sanatórios - Em alguns lugares importantes serão oferecidas à venda propriedades que são especialmente apropriadas para trabalho de hospital. As vantagens disso devem ser cuidadosamente consideradas. MPC 99 2 A fim de que alguns desses lugares possam ser adquiridos para nosso trabalho, será necessário economizar cuidadosamente os recursos, não se fazendo nenhuma despesa extravagante em um só lugar. A própria simplicidade dos edifícios que usarmos será uma lição em harmonia com as verdades que temos a apresentar. Para o nosso trabalho de hospital precisamos adquirir edifícios cuja aparência e estrutura sejam uma demonstração dos princípios de saúde (Carta 168, 1909; MS, p. 309). MPC 99 3 Negada aprovação à construção de um sanatório na cidade -- Com a luz que tenho recebido a respeito de sanatórios onde os enfermos devem ser tratados, não posso dar uma palavra de conselho com respeito a se aglomerar na cidade. Não posso fazê-lo, e ainda assim outros podem ter uma ideia bem diferente. Mas, com a luz que tenho, não posso aconselhar a localização de um prédio na cidade. Você [F. B. Moran] está fora da cidade, eu sei. Você está fora por um lado. Isso muda um pouco a questão, mas não posso dizer nada além disso. Não poderia dar-lhe conselho algum. Vocês terão que arranjar isso entre vocês mesmos, porque não posso aconselhar a construção de um sanatório em cidade alguma. Não poderia fazê-lo, porque tem sido exposto perante mim de modo muito distinto que, quando um sanatório é construído, ele deve se localizar onde possa alcançar o fim em vista - o objetivo para o qual é estabelecido (Manuscrito 173, 1902; MR10, p. 250). Restaurantes Vegetarianos MPC 99 4 Restaurantes vegetarianos devem ser estabelecidos nas cidades - Deus deseja que restaurantes sejam estabelecidos nas cidades. Se devidamente administrados, eles se tornarão centros missionários. Nesses restaurantes, devem ser mantidas publicações à mão, prontas a serem presenteadas aos que frequentam o restaurante. MPC 100 1 Muitas vezes surge a pergunta: Devem esses restaurantes abrir no sábado? A resposta é: Absolutamente não. O sábado é nossa marca e sinal, e não deve ser apagado. Recebi, recentemente, luz sobre esse assunto. Serão feitos esforços no sentido de manter os restaurantes abertos aos sábados, mas não se deve fazer isso (Manuscrito 30, 1903; Sermons and Talks, v. 2, p. 226). MPC 100 2 Restaurantes vegetarianos devem ensinar os princípios do viver sadio - Nossos restaurantes devem estar nas cidades, pois de outra maneira os obreiros desses restaurantes não poderiam alcançar o povo e ensinar-lhe os princípios do viver sadio. E, atualmente, temos que ocupar casas de culto nas cidades. Mas dentro em breve haverá tal luta e confusão nas cidades que os que as quiserem abandonar não o poderão fazer. Devemos estar nos preparando para esses acontecimentos (GCB, 6 de abril de 1903, p. 88; RH, 14 de abril de 1903; ME2, p. 142). MPC 100 3 Obreiros devem oferecer alimento espiritual nos restaurantes -- Os obreiros em nossos restaurantes devem preparar pessoas para a futura vida imortal. Adquiram eles poder e tato, a fim de oferecer alimento espiritual para homens e mulheres nessas grandes cidades. Cuidem das pessoas como quem deve prestar contas. As cidades devem ser advertidas, e esses moços e moças devem se lembrar de que o tempo é precioso. A iniquidade está aumentando no mundo como nos dias de Noé (Carta 279, 1905; CME, p. 22). MPC 100 4 Aulas de culinária devem ser oferecidas - Cada restaurante saudável deve ser uma escola. Os obreiros relacionados com isso devem estudar constantemente e fazer experiências, a fim de aperfeiçoarem o preparo de alimentos saudáveis. Nas cidades, é conveniente que essa obra de instrução seja desenvolvida em muito maior escala do que nos lugares pequenos. Mas, em todo lugar onde há uma igreja, devem ser dadas instruções quanto ao preparo de alimentos simples, saudáveis, para uso dos que desejam viver segundo os princípios de saúde. E os membros da igreja devem comunicar ao povo da vizinhança a luz que recebem acerca desse assunto (T7, p. 112, 113 [1902]). MPC 100 5 Restaurantes de primeira classe causarão questionamentos - Foime instruído que um dos motivos principais da instalação de restaurantes que sirvam alimento saudável e salas de tratamentos no centro das grandes cidades é que, por esse meio, a atenção das pessoas influentes será atraída para a terceira mensagem angélica. Ao notarem que esses restaurantes são dirigidos de maneira totalmente diferente dos restaurantes comuns, as pessoas inteligentes vão procurar saber as razões para a diferença nos métodos comerciais, e pesquisarão os princípios que nos induzem a servir alimento melhor. Serão, assim, levadas ao conhecimento da mensagem para este tempo (T7, p. 122, 123 [1902]). MPC 101 1 Providenciar literatura denominacional grátis - Os que frequentam nossos restaurantes devem receber nossa literatura. É necessário lhes chamar a atenção para nossa literatura sobre temperança e reforma da saúde, e a eles devem ser oferecidos também folhetos que tratem das lições de Cristo. A tarefa de distribuir semelhante literatura deve ser partilhada por todo o nosso povo. A todos os que chegam deve ser dada alguma coisa para ler. Pode ser que muitos não leiam o folheto, mas alguns dentre aqueles em cujas mãos for colocado podem estar à procura dessa luz. Esses lerão e estudarão o que lhes é entregue, e depois o passarão a outros (T7, p. 116 [1902]). MPC 101 2 Restaurantes para os não membros nas reuniões campais - Em nossas reuniões campais5, deve haver um restaurante no qual os pobres obtenham alimento saudável, bem preparado e tão barato quanto possível. Deve haver também outro restaurante no qual se prepare alimento especialmente para instruir os de fora, a fim de que vejam uma representação do regime alimentar da reforma da saúde (PUR, 23 de outubro de 1902). Salas De Tratamento MPC 101 3 Salas de tratamento e restaurantes vegetarianos devem estar relacionados - Foi-me esclarecido que em muitas cidades é aconselhável relacionar um restaurante com salas de tratamento. Os dois podem cooperar na defesa dos princípios corretos. Em conexão com estes, é, às vezes, aconselhável obterem-se quartos que servirão de alojamento para os enfermos. Esses estabelecimentos estarão relacionados com hospitais localizados no campo (T7, p. 60 [1902]). ------------------------Capítulo 9 -- Ministério Cristocêntrico Da Saude 1 A Linha De Frente MPC 102 1 O ministério da saúde deve ser o ponto de partida - A obra médico-missionária tem sido apresentada como a cunha de penetração da verdade presente. É mediante essa obra que se alcançam corações, e aqueles que já foram preconceituosos são abrandados e subjugados. Essa é a obra que se deve realizar hoje (Carta 110, 1902; MR4, p. 374). MPC 102 2 O evangelismo da saúde abre portas para a transmissão do evangelho - A evangelização do mundo é a obra que Deus deu àqueles que saem em Seu nome. Devem eles ser colaboradores com Cristo, revelando aos que estão prestes a perecer o Seu terno e compassivo amor. Deus convoca milhares a que trabalhem para Ele, não pregando aos que conhecem a verdade, percorrendo vez após vez o mesmo terreno, mas advertindo aqueles que nunca ouviram a última mensagem de misericórdia. Trabalhem com o coração cheio de fervoroso anseio pelos perdidos. Façam a obra médico-missionária. Desse modo, obterão acesso ao coração das pessoas. O caminho estará preparado para uma proclamação mais decidida da verdade. Vocês descobrirão que aliviar-lhes o sofrimento físico abre a oportunidade para ministrar às suas necessidades espirituais. MPC 102 3 O Senhor lhes dará bom êxito nesse trabalho, pois o evangelho é o poder de Deus para a salvação, quando está ligado à vida prática, quando é vivido e praticado. A união da obra cristã em favor do corpo e da obra cristã em favor do coração é a verdadeira interpretação do evangelho (CME, p. 7). MPC 103 1 Os necessitados devem receber auxílio através do evangelismo da saúde - Ele [o Senhor] vê em nossas cidades muitos que foram abençoados com um grande quinhão de capacidades físicas e mentais sendo arrastados pelo redemoinho da tentação. Eles devem ser alcançados. É aí que a reforma da saúde se torna a cunha de entrada. Mediante essa obra, foram alcançados muitos que, de outra forma, não o teriam sido. Homens e mulheres com fortes e nobres sentimentos, e profunda solidariedade, têm sido despertados para fazer algo, enquanto o sacerdote e o levita passam pelo outro lado. [...] MPC 103 2 Há uma obra a ser executada nas cidades americanas, muito diferente da obra que tem sido feita. [...] Não se deve trabalhar apenas por aqueles que se encontram em níveis respeitáveis da sociedade, [mas] é necessário que os caídos e degradados sejam recolhidos. É nos caminhos e valados que se encontrarão pessoas precisando de salvação. Muitas são mentalmente cegas, mentalmente feridas. Existem aqueles que tiveram privilégios educacionais, que possuem aptidões valiosas e receptivas, e que cederam à tentação. Esses devem ser procurados. Alguns possuem mais do que talentos comuns, no entanto, estão mortos em ofensas e pecados, e em seu favor se deve trabalhar (Manuscrito 33, 1899). MPC 103 3 A obra do auxílio cristão deve ser uma bênção - O senhor [Dr. J. H. Kellogg] fala de um trabalho que está sendo realizado em Chicago. Tenho total solidariedade pela obra que está sendo feita ali. Creio em ajudar em todas as áreas nas quais seja possível ajudar, seguindo os passos de Cristo. Aqueles que se envolvem nessa obra de assistência cristã, que se consagram a Deus, descobrirão que Ele lhes será um auxílio presente em cada hora de necessidade. Sei que o Senhor usará aqueles que se Lhe submetem, e, mediante o poder do Espírito Santo, serão capacitados a fazer a obra que precisa ser executada (Carta 43, 1895; MR4, p. 131). MPC 103 4 O ministério da saúde prepara o caminho para o recebimento da verdade - A mão direita é usada para abrir portas pelas quais o corpo pode passar. Essa é a parte que deve desempenhar a obra médicomissionária. Deve ela preparar em grande medida o caminho para a recepção da verdade para este tempo. Um corpo sem mãos é inútil. Honrando-se o corpo, devem ser honradas também as mãos ajudadoras, que são instrumentos de tal importância que, sem elas, o corpo nada pode fazer. Portanto, o corpo que trata com indiferença a mão direita, recusando seu auxílio, não está em condições de fazer coisa alguma (Manuscrito 55, 1901; BS, p. 122, 123). MPC 104 1 O evangelismo da saúde é necessário para o avanço da obra de Deus - A obra médico-missionária é o braço direito do evangelho. Ela é indispensável ao avanço da causa de Deus. Quando por meio dela os homens e as mulheres forem levados a ver a importância dos hábitos corretos de vida, o poder salvador da verdade se tornará conhecido. Cada cidade deve ser alcançada por obreiros instruídos para realizar a obra médico-missionária. Como braço direito da mensagem do terceiro anjo, os métodos divinos de tratamento das doenças abrirão portas para a entrada da verdade presente (T7, p. 59 [1902]). MPC 104 2 Pessoas enfermas serão alcançadas por meio do evangelismo da saúde - Na providência do Senhor posso ver que a obra médico-missionária deve ser uma grande cunha de penetração por meio da qual a pessoa enferma pode ser alcançada (Carta 36, 1893; CS, p. 535). MPC 104 3 O mundo está aberto para o evangelismo da saúde - A obra médico-missionária traz à humanidade o evangelho de libertação do sofrimento. É a obra pioneira do evangelho. É o evangelho praticado, a compaixão de Cristo revelada. Há grande necessidade dessa obra, e o mundo está aberto para ela. Deus queira que a importância da obra médico-missionária seja compreendida, e que novos campos possam ser imediatamente penetrados (Manuscrito 55, 1901; MS, p. 239). Envolvimento Das Igrejas MPC 104 4 Onde houver igrejas, deve-se iniciar a obra da saúde - Tem sido feita a pergunta: A senhora não encorajou o Dr. [J. H.] Kellogg depois que ele deu início a essa obra? Respondo: Sim, pois fui instruída de que uma obra dessa natureza deve ser feita por todas as nossas igrejas; que se deve ter um profundo interesse por essa mesma obra; que, segundo a luz que ao Senhor agradou me conceder, essa conduta deve ser adotada com resolução por nossos ministros, não para criar algum grande centro em um local, mas estabelecer a obra em muitas cidades, e despertar o povo a dar do dinheiro do Senhor para a obra em favor da humanidade sofredora. MPC 104 5 Deu-me o Senhor a instrução de que, em cada lugar em que se estabelecera uma igreja, se fizesse a obra médico-missionária. Mas havia, na igreja de Battle Creek, muito egoísmo. No próprio centro da obra, havia aqueles que condescendiam com desejos pessoais, de um modo que desonrava a Deus. O Dr. Kellogg não foi apoiado na obra de reforma da saúde, cuja importância fora mantida perante a igreja por trinta anos. Essa obra foi retardada por causa dos sentimentos e preconceitos de alguns em Battle Creek, os quais não se dispuseram a harmonizar sua conduta com a Palavra de Deus, no que diz respeito aos princípios da reforma da saúde (Manuscrito 175, 1898; Battle Creek Letters, p. 11). MPC 105 1 Toda igreja deve servir os necessitados - A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia há muito tempo estar realizando. Devemos mostrar a terna compaixão do samaritano [...], alimentar o faminto, trazer para casa os pobres rejeitados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não podem ajudar a si mesmos. Fazendo isso, temos uma favorável oportunidade de apresentar o Cristo crucificado (T6, p. 276 [1900]). MPC 105 2 Necessidade de sabedoria - Aqueles que entrarem nas nossas grandes cidades para trabalhar como médicos evangelistas devem começar sua obra de modo muito sábio. Anjos de Deus produzirão a impressão e, sob a sagrada influência do Espírito Santo, corações serão tocados. As palavras daquele que fala, trazendo a forma da sã doutrina em efetivo contato com o ouvinte, resultarão na salvação de pessoas (Carta 4, 1910; CME, p. 42). MPC 105 3 Todos são chamados a desempenhar uma parte - A obra médicomissionária é a mão ajudadora de Deus. Esse trabalho deve ser realizado. Ele é necessário em novos campos, e nos campos nos quais a obra foi iniciada anos atrás. Como essa obra é a mão ajudadora de Deus e a cunha de entrada do evangelho, desejamos que vocês [membros da igreja] compreendam que devem desempenhar uma parte nela. Não se deve separá-la do evangelho. Todos os que se encontram diante de mim nesta manhã devem estar repletos do genuíno espírito médico-missionário (GCB, 7 de abril de 1903, p. 105; RH, 14 de abril de 1903). MPC 105 4 Necessária expansão da obra do evangelismo da saúde - Damos graças ao Senhor pela obra médico-missionária que já foi feita, mas há um grande exército de obreiros que se deve engajar no mesmo tipo de trabalho em diferentes localidades, em cidades, nos atalhos e valados. Deve-se dar mais esclarecimento àqueles que perecem nos seus pecados. Chegarão ao nosso conhecimento casos muito singulares, que necessitam não só de que lhes sejam supridas as carências físicas, o que é tão essencial como a primeira obra, mas que sejam levados ao contato com sanatórios e lares que possam apresentar os puros e corretos princípios da restauração médica. Muitos há que se agarrarão à mão estendida para salvá-los (Carta 83, 1897). Combinar O Serviço Humanitário Com O Evangelismo Pessoal A MPC 106 1 obra da saúde deve encaminhar os enfermos a Cristo - Devemos lembrar sempre que o objetivo da obra médico-missionária é encaminhar homens e mulheres enfermos de pecado ao Homem do Calvário, que tira os pecados do mundo. Contemplando-O, serão eles transformados à Sua imagem. Temos que animar os doentes e sofredores a olhar a Jesus e viver. Mantenham os obreiros a Cristo, o grande Médico, constantemente diante daqueles a quem a doença física e espiritual levou ao desânimo. Encaminhem essas pessoas Àquele que é capaz de curar tanto a doença do corpo como a do coração. [...] MPC 106 2 Deus utiliza nossos esforços para alcançar os corações e aliviar o sofrimento físico. MPC 106 3 A obra médico-missionária é a pioneira do evangelho. [...] MPC 106 4 Há, em quase todas as localidades, um grande número de pessoas que não escutam a pregação da Palavra de Deus nem assistem aos cultos. Se elas tiverem de ser alcançadas pelo evangelho, este lhes há de ser levado em casa. Muitas vezes, o socorro a suas necessidades físicas é o único caminho pelo qual essas pessoas podem ser abordadas. [...] Abnegado amor, manifestado em atos de desinteressada bondade, tornará mais fácil a esses sofredores crerem no amor de Cristo. [...] MPC 106 5 Ao verem uma pessoa, sem nenhum incentivo de louvor terrestre nem de compensação, ir a sua casa, ajudando ao doente, alimentando o faminto, vestindo o nu, confortando o triste e encaminhando-os ternamente a todos Àquele de cujo amor e piedade o obreiro humano não é senão um mensageiro, seu coração é tocado. Brota a gratidão. Ateia-se a fé. Veem que Deus cuida deles, e ficam preparados para escutar ao ser-lhes aberta Sua Palavra (CBV, p. 144, 145). Demonstração Do Caráter De Cristo MPC 106 6 Os obreiros do evangelismo da saúde devem representar o caráter de Cristo - A obra médico-missionária é de origem divina, e tem uma missão muito gloriosa a cumprir. Em todos os seus propósitos deve ela estar em conformidade com a obra de Cristo. Os que são cooperadores de Deus representarão tão certamente o caráter de Cristo como Cristo representou o caráter de Seu Pai enquanto esteve neste mundo (Manuscrito 130, 1902; MS, p. 24). MPC 107 1 Chamados a ser cristãos na profissão e na prática - Estudem a vida e o caráter de Cristo e procurem seguir o exemplo dEle. A vida não consagrada de alguns dos que afirmam crer na mensagem do terceiro anjo tem resultado em impelir algumas das pobres ovelhas para o deserto; e quem é que tem manifestado o cuidado de um pastor pelos perdidos e errantes? Não é tempo de ser cristãos na prática bem como na profissão? Que benignidade, que compaixão, que terna solidariedade tem Jesus manifestado para com a humanidade sofredora! O coração que bate em uníssono com Seu grande coração de amor infinito oferecerá compaixão a toda pessoa necessitada e tornará evidente que tem o espírito de Cristo. "A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega" (Is 42:3). Toda pessoa que sofre faz juz à solidariedade de outros, e os que estão imbuídos do amor de Cristo e repletos de Sua piedade, ternura e compaixão atenderão a todo apelo a sua solidariedade. Eles não dirão, quando se lhes fizer um apelo em favor dos que perecem longe de Cristo: "Isso não me diz respeito." Não desempenharão a parte do irmão mais velho, porém manifestarão pessoal interesse e compaixão. Seguirão o exemplo de seu Mestre, e sairão para buscar e salvar o perdido, obedecendo às palavras do Salvador, quando disse: "Amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei." Toda pessoa que procura retroceder de suas vagueações e voltar para Deus precisa da ajuda dos que têm um coração terno e compassivo, de amor semelhante ao de Cristo (RH, 16 de outubro de 1894). MPC 107 2 Atos altruístas, o mais forte argumento em favor do cristianismo - A verdade expressa em obra vivas, altruístas, é o mais poderoso argumento em favor do cristianismo. Aliviar os doentes, auxiliar os sofredores é trabalhar segundo os métodos de Cristo, e demonstra poderosíssimas verdades do evangelho que representam a missão e a obra de Cristo sobre a Terra. O conhecimento da arte de aliviar o sofrimento da humanidade abre inúmeras portas nas quais a verdade pode encontrar um abrigo no coração, e pessoas serem salvas para a vida - vida eterna (Carta 36, 1893; MR2, p. 240). A Obra Médica E A Ministerial, Unidas No Evangelismo Urbano MPC 107 3 A obra médica deve acompanhar o ministério evangélico - Em nossas grandes cidades, a obra médico-missionária deve andar de mãos dadas com o ministério evangélico. Ela abrirá portas à verdade (Manuscrito 117, 1901; Ev, p. 387). MPC 108 1 A obra médica não deve ser separada da obra ministerial - Ultimamente [1899], um grande interesse tem sido despertado pelos pobres e os de baixa classe; grande trabalho tem sido empreendido para o reerguimento dos caídos e degradados. Este é em si mesmo um bom trabalho. Devemos ter sempre o Espírito de Cristo e fazer a mesma espécie de trabalho que Ele fez pela humanidade sofredora. O Senhor tem um trabalho para ser feito pelos de baixa classe. Não há dúvida quanto a ser o dever de alguns trabalhar entre eles, e procurar salvar as pessoas que estão perecendo. Isso terá seu lugar em conexão com a proclamação da mensagem do terceiro anjo e a recepção da verdade bíblica (Manuscrito 3, 1899; Ev, p. 548). MPC 108 2 Satanás procura separar as obras médica e ministerial - A obra médico-missionária não deve ser levada avante como algo separado da obra do ministério evangélico. O povo do Senhor precisa ser um. Não deve haver separação alguma nessa obra. Tempo e recursos estão sendo absorvidos numa obra que é levada avante com muito empenho numa direção apenas. O Senhor não determinou isso. Ele enviou Seus doze apóstolos, e posteriormente os setenta, para pregarem a palavra ao povo, e deu-lhes poder para curar os enfermos e expulsar os demônios em Seu nome. Os dois ramos da obra não devem ser separados. Satanás inventará toda espécie de artifícios para separar aqueles a quem Deus está procurando tornar um. Não devemos ser enganados por suas estratégias. A obra médico-missionária deve estar ligada com a mensagem do terceiro anjo da mesma forma que a mão está ligada ao corpo; e a instrução dos estudantes em assuntos médico-missionários não está completa a menos que eles se preparem para trabalhar em ligação com a igreja e o ministério (Manuscrito 3, 1899; CS, p. 557). MPC 108 3 Ministros e médicos devem trabalhar juntos no evangelismo urbano - Nesse esforço em favor das cidades, necessitamos muito da cooperação de todas as classes de obreiros. Necessitamos de modo especial o auxílio que o médico pode prestar como evangelista. Se pastores e médicos planejarem se unir no esforço de alcançar os corações sinceros que há em nossas cidades, os médicos, bem como os pastores, serão postos em terreno vantajoso. Ao trabalharem em humildade, Deus abrirá o caminho diante deles, e muitos receberão o salvador conhecimento da verdade (NPU Gleaner, 13 de abril de 1910; MS, p. 304). Médicos Como Missionários Evangélicos MPC 108 4 Os médicos simbolizam o ministério evangélico - O trabalho por Ele concedido aos nossos médicos deveria simbolizar perante o mundo o ministério do evangelho através de obra médico-missionária (T6, p. 246 [1900]). MPC 109 1 Os médicos devem apresentar a mensagem sob a perspectiva médica - Os que são médicos cristãos podem fazer um precioso trabalho para Deus como médicos-missionários. Frequentemente, tantas coisas ocupam a mente dos médicos que eles são impedidos de fazer a obra que Deus deseja que façam como evangelistas. Apresentem os obreiros médicos as importantes verdades da mensagem do terceiro anjo do ponto de vista do médico. Médicos de consagração e talento podem garantir um auditório em grandes cidades quando outros homens falhariam. Ao se unirem os médicos com os pastores na proclamação do evangelho nas grandes cidades da Terra, seus esforços combinados resultarão em influenciar muitas mentes em favor da verdade para este tempo (RH. 7 de abril de 1910; MS, p. 248). Necessidade De Equilíbrio MPC 109 2 A obra médica não deve ser exaltada acima da obra ministerial - O senhor [Dr. J. H. Kellogg] não pode desenvolver e administrar a obra médico-missionária enquanto lhe atribui a notoriedade que, no seu entendimento, ela deve manter. Representando o ministério evangélico como inferior à obra médico-missionária, o senhor coloca um caráter errado sobre essa obra. [...] MPC 109 3 Não uma ou duas vezes, mas muitas, foram-me apresentados os ministros assentados diante do senhor nas reuniões; e o senhor tem feito contra eles acusações que não lhe trazem crédito. A impressão deixada sobre as mentes tem sido de que o senhor considera seu discernimento superior ao dos outros. Porém, se seus métodos fossem seguidos por seus irmãos em todas as coisas, eles não andariam no caminho do Senhor. MPC 109 4 Sua fala sobre os ministros diante dos alunos, e a exaltação da obra médico-missionária acima da obra do ministério produzem um estado de coisas que não está em harmonia com a mensagem do terceiro anjo. Foi-me mostrado que anjos velavam o rosto quando ouviam suas palavras acerca dos servos de Deus. A esses homens foi dada uma obra a fazer para Deus, e muitos deles estão realizando esse trabalho tão fielmente quanto o senhor faz o seu. Alguns se esforçam sob circunstâncias mais desanimadoras, porque não têm as vantagens e facilidades que o senhor possui para a execução de sua obra. MPC 109 5 Fazer pender as coisas tão pesadamente em um sentido não está segundo o plano de Deus. [...] MPC 109 6 A obra médico-missionária deve estar tão intimamente ligada com a obra do ministério evangélico como a mão e o braço estão ligados ao corpo. É necessário que o ministério evangélico dê evidência e estabilidade à obra médico-missionária; e o ministério necessita da obra médico-missionária para demonstrar a atuação prática do evangelho. O Senhor deseja que Sua obra seja levada avante de forma simétrica e harmoniosa. Sua mensagem deve ser levada a todas as partes do mundo. Há uma grande vinha a ser trabalhada. O agricultor sábio cultiva a vinha de modo que cada parte produza fruto. MPC 110 1 Leia o capítulo 61 de Isaías. Esse capítulo nos dirá qual é a obra diante de nós. "O Senhor Me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-Me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado. A fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a Sua glória" (Is 61:1-3). MPC 110 2 Por favor, considere o que este [...] verso quer dizer: "Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração em geração" (v. 4). [...] MPC 110 3 O Senhor Se move em linha reta, e deseja que cada parte de Sua obra esteja unida à outra (Carta 135, 1899; também em MR4, p. 131, 132). MPC 110 4 Falta de tato na apresentação da reforma da saúde cria preconceitos - reforma pró-saúde, exposta sabiamente, demonstrará ser uma cunha de entrada onde a verdade pode seguir com acentuado êxito. No entanto, apresentar a reforma pró-saúde de forma insensata, fazendo desse assunto o tema principal da mensagem, tem concorrido para suscitar preconceitos entre os descrentes e obstruir o caminho para a verdade, deixando a impressão de que somos extremistas. Ora, o Senhor quer que sejamos sábios e compreensivos quanto ao que constitui Sua vontade. Não deve-mos dar motivo para ser considerados extremistas. Isso seria uma grande desvantagem para nós e para a verdade que Deus nos incumbiu de transmitir ao povo. Pela introdução do próprio eu não consagrado, aquilo que sempre devemos apresentar como uma bênção se transforma numa pedra de tropeço (Manuscrito 5, 1881; MR2, p. 105). Ministérios Em Favor Dos Intemperantes MPC 110 5 Os intemperantes necessitam de auxílio - Toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra do evangelho, e visa a elevar o ser a uma vida nova e mais nobre. [...] MPC 111 1 Há por toda parte uma obra a ser feita por aqueles que caíram devido à intemperança. [...] Por hábitos de intemperança, trazem sobre si mesmos a enfermidade, e pela ganância de obter dinheiro para pecaminosas transigências, caem em práticas desonestas. Arruínam a saúde e o caráter. Alienados de Deus, rejeitados pela sociedade, essas pobres pessoas se sentem sem esperança tanto para esta vida como para outra, por vir. O coração dos pais fica quebrantado. As pessoas falam desses perdidos como casos sem esperança; Deus não os considera assim. Ele compreende todas as circunstâncias que os têm tornado o que são, e os contempla com piedade. Essa é uma classe que exige auxílio. Nunca lhes deem ocasião de dizer: "Ninguém se importa comigo." [...] MPC 111 2 Muitas vezes, ao ajudar os intemperantes, devemos, como Cristo fazia tão frequentemente, atender primeiro a suas condições físicas. [...] Devese prover em toda cidade um lugar em que os escravos dos maus hábitos possam receber auxílio para quebrar as cadeias que os prendem. [...] MPC 111 3 Os habituados a satisfazer às tendências naturais devem ser levados a ver e a sentir que é necessária uma grande renovação moral, se querem se tornar homens. [...] MPC 111 4 O tentado necessita compreender a verdadeira força da vontade. É esse o poder que governa na natureza do homem - o poder de decisão, de escolha. [...] MPC 111 5 Mediante o devido exercício da vontade, uma completa mudança pode ser operada na vida. Entregando a vontade a Cristo, nós nos aliamos com o divino poder. Recebemos força do alto para nos manter firmes. Uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite e a concupiscência, é possível a todo aquele que quiser unir sua vontade humana, fraca e vacilante à onipotente e inabalável vontade de Deus (CBV, p. 171, 172, 174, 176 [1905]. MPC 111 6 A obra da temperança2 precisa ser enfatizada - Deus quer que estejamos onde nos seja possível advertir o povo. Ele quer que empreendamos o assunto da temperança. Por hábitos errôneos no comer e beber, os homens estão destruindo a capacidade que têm de pensar, e a inteligência. Não precisamos pegar um machado e invadir os bares. Temos uma arma mais forte do que isso - a Palavra do Deus vivo. Ela abrirá passagem por entre a sombra infernal que Satanás procura lançar através de seu caminho. Deus é forte e poderoso. Ele lhes falará ao coração. Nós O temos visto agir assim (GCB, 23 de abril de 1901, p. 424; Ev, p. 587, 588; Te, p. 235). MPC 112 1 A obra da temperança deve ser reavivada - Considere como o mal da intemperança está em ação em nossas cidades. Não sabemos nós que a bebida alcoólica vendida nos botequins de nosso país está misturada com as mais venenosas substâncias3? Lemos acerca de um e outro que tira a própria vida sob a influência da bebida - bebida que lhe roubou a razão. Necessitamos ter conhecimento dessas coisas, a fim de trabalhar inteligentemente para auxiliar outros. A causa da temperança precisa ser reavivada como não o foi ainda. Necessitamos pregar o evangelho, para que homens e mulheres entendam como obedecer à Palavra de Deus. É a Palavra do Deus vivo que levará homens e mulheres a uma relação correta com Ele; ela produzirá impressões sobre o coração, a mente e o caráter. Despertemos, cada um de nós, para fazer a obra que aguarda ser feita - a obra que Cristo realizou quando esteve no mundo. Ao contemplar as obras de Cristo, a humanidade se apoderará da divindade. Ali se faz o apelo ao coração, e Ele nunca rejeita alguém. Qualquer que seja a posição na vida, qualquer que tenha sido o passado, Ele ainda o receberá (RH, 14 de janeiro de 1909). MPC 112 2 A temperança inclui todos os aspectos do viver saudável - Na defesa da causa da temperança, nossos esforços devem ser multiplicados. O assunto da temperança cristã deve encontrar lugar em nossos sermões em todas as cidades em que trabalhamos. A reforma de saúde deve ser apresentada ao povo em todos os seus aspectos, e feitos esforços especiais para instruir os jovens, os de meia-idade e os idosos nos prin-cípios do viver cristão (Manuscrito 61, 1909; Te, p. 239). MPC 112 3 Os jovens devem promover o ministério da temperança - Não há classe alguma de pessoas capaz de efetuar mais na luta contra a intemperança do que a juventude temente a Deus. Nestes dias, os jovens de nossas cidades devem se unir como um exército, firmes e decididos contra toda forma de satisfação egoísta, destruidora da saúde. Que poder poderiam eles ser para o bem! Quantos poderiam salvar de se tornarem desmoralizados nos salões e jardins providos de música e outras atrações para seduzir os jovens! [...] MPC 112 4 Os rapazes e as moças que professam crer na verdade para este tempo só podem agradar a Jesus unindo-se num esforço para enfrentar os males que têm, com sedutora influência, se insinuado na sociedade. Devem fazer tudo ao seu alcance para deter a onda de intemperança que agora se estende com desmoralizante poder pela Terra. Compreendendo que a intemperança tem francos e confessos apoiadores, os que honram a Deus tomam firmemente posição contra essa onda de mal que está levando velozmente homens e mulheres à perdição (YI, 16 de julho de 1903; Te, p. 235). Amparo A Mães Viúvas, Órfãos E Idosos MPC 113 1 Viúvas, órfãos, idosos, desamparados e enfermos necessitam de assistência - Quando se tem feito o que é possível para ajudar o pobre a se ajudar a si mesmo, restam ainda a viúva e o órfão, o velho, o inválido e o enfermo, os quais precisam de solidariedade e cuidado. Estes nunca deveriam ser negligenciados. São confiados pelo próprio Deus à misericórdia, ao amor e ao terno cuidado de todos a quem Ele constituiu administradores (CBV, p. 201 [1905]). MPC 113 2 Órfãos e idosos devem ser auxiliados - Deus nos pede que, na medida do possível, supramos para com essas crianças a falta do pai. Em vez de ficar à distância, queixando-se de seus defeitos, e dos inconvenientes que possam causar, auxiliem-nas de todos os modos possíveis. Procurem ajudar a mãe gasta de cuidados. Aliviem-lhe a carga. MPC 113 3 Além disso, há a multidão de crianças inteiramente privadas da guia dos pais, e da influência de um lar cristão. Abram os cristãos o coração e o lar a esses desamparados. A obra a eles confiada por Deus como dever individual não deve ser passada a alguma instituição de caridade, ou deixada aos acasos da caridade do mundo. Se as crianças não têm parentes em condições de cuidar delas, provejam os membros da igreja um lar para essas crianças. Aquele que nos fez ordenou que fôssemos reunidos em famílias, e a natureza da criança se desenvolverá melhor na amorosa atmosfera de um lar cristão. [...] MPC 113 4 Também os idosos necessitam da auxiliadora influência das famílias. Na casa de irmãos e irmãs em Cristo, é mais fácil haver para eles como que uma compensação da perda de seu lar. [...] Façam com que eles sintam que seu auxílio é apreciado, que há ainda alguma coisa para fazerem em servir a outros, e isso lhes dará ânimo ao coração, ao mesmo tempo que comunicará interesse a sua vida. MPC 113 5 O quanto possível, façam com que aqueles cuja cabeça está esbranquiçada e cujos passos trôpegos indicam que estão próximos de descer a sepultura permaneçam entre amigos e relações familiares. [...] MPC 113 6 Sempre que possível, deveria ser o privilégio dos membros de cada família atender aos próprios parentes. Quando assim não acontece, a obra pertence à igreja, e deve ser considerada como um privilégio, da mesma maneira que um dever. Todos quantos possuem o espírito de Cristo terão terna consideração para com os fracos e os idosos (CBV, p. 203, 204 [1905]). Exército Da Salvação Métodos Que Não Devem Ser Imitados MPC 114 1 Embora a obra do exército da salvação não seja a nossa, não devemos condená-los - O inimigo acha-se determinado a misturar o erro com a verdade. Para conseguir isso, utiliza ele a oportunidade que lhe é oferecida pela classe degradada, em favor da qual tanto esforço e dinheiro têm sido gastos, a classe cujo apetite foi pervertido mediante a condescendência, cujas pessoas sofreram abusos, cujos caracteres acham-se mal elaborados e deformados, cujos hábitos e desejos são corrompidos, e que habitualmente pensam no mal. Tais pessoas podem ser transformadas em seu caráter; bem poucos dentre esses, porém, revelam uma obra completa e duradoura! MPC 114 2 Alguns serão santificados pela verdade; muitos, porém, empreendem uma transformação apenas superficial de seus hábitos e práticas, e então se supõe que sejam cristãos. São recebidos na comunidade da igreja, mas se revelam um grande problema e exigem muito cuidado. Por meio deles, Satanás tenta semear na igreja as sementes da inveja, desonestidade, crítica e acusação. Tenta ele assim corromper os demais membros da igreja. A disposição que os governou desde a infância, que os levou a romper com toda e qualquer restrição, e os conduziu à degradação, ainda os controla. Diz-se que eles foram resgatados, mas geralmente o tempo revela que a obra realizada em favor deles não os tornou submissos filhos de Deus. A cada suposto deslize, revelam ressentimentos. Alimentam a amargura, ira e malícia. Por suas palavras e espírito demonstram que não nasceram de novo. Suas tendências são decadentes, em direção à sensualidade. Não são dignos de confiança; são mal-agradecidos e não santificados. Assim ocorre com todos os que não foram inteiramente convertidos. Cada um desses caracteres maculados, não transformados, torna-se eficiente obreiro de Satanás, ao criar dissensão e contenda. MPC 114 3 O Senhor traçou nossa maneira de agir. Como povo, não devemos imitar nem estar em harmonia com os métodos do Exército da Salvação. Essa não é a obra que o Senhor nos mandou fazer. Também não é nossa obra condená-los nem falar duramente contra eles. Há no Exército da Salvação pessoas preciosas, abnegadas. Devemos tratá-las com bondade. Há entre elas pessoas honestas, que estão sinceramente servindo ao Senhor, e que verão maior luz, chegando à aceitação de toda a verdade. Os obreiros do Exército da Salvação estão procurando salvar os negligenciados, desprezados. Não devem ser desencorajados. Devem poder realizar esse tipo de trabalho pelos próprios métodos e de acordo com sua maneira. Mas a obra que os adventistas do sétimo dia devem fazer foi claramente indicada pelo Senhor. Reuniões campais e em tendas devem ser realizadas. A verdade para este tempo deve ser proclamada. Um testemunho decidido precisa ser sustentado. E os sermões devem ser tão simples que as crianças consigam compreendê-los (T8, p. 181, 185 [1904]). ------------------------Capítulo 10 -- Plantando Igrejas Nas Cídades MPC 116 1 Igrejas devem ser plantadas em cidade após cidade - Quando olho a grande quantidade de prédios que existem aqui [Battle Creek], sintome triste. Se vocês [líderes da igreja] possuíssem espírito missionário, se houvessem saído daqui de acordo com a amplitude da mensagem, de acordo com sua vastidão e importância, não teriam erigido metade dos prédios que vocês têm aqui. Teriam construído numa cidade após outra, e Deus lhes teria aprovado o trabalho. Ele não aprecia sua administração. Ele não gosta de sua visão limitada. Deseja Ele que abram novos campos, e durante anos tem convocado vocês a fazê-lo. Isso demanda dinheiro e trabalhadores; mas leio em Daniel que aqueles que a muitos conduzirem à justiça resplandecerão sempre e eternamente. Desejamos estar nesse grupo. Desejamos estar entre os que resplandecem no reino de Deus. Lá desejaremos ver aqueles por quem oramos e trabalhamos. Que Deus nos ajude (GCB, 5 de abril de 1901, p. 85). MPC 116 2 Os membros da igreja devem beneficiar outras pessoas - Sobre todos os que creem, Deus colocou a responsabilidade de fundar igrejas, para o expresso propósito de preparar homens e mulheres para que usem para benefício do mundo as qualidades que lhes foram confiadas, empregando para Sua glória os meios que Ele concedeu. Ele fez dos seres humanos Seus administradores. Alegre e generosamente devem usar os meios em seu poder para o progresso da justiça e da verdade. Devem empregar os talentos que lhes foram confiados, na edificação de Sua obra e na ampliação do Seu reino. Nossas igrejas, grandes e pequenas, não devem ser tratadas de modo que se tornem irremediavelmente dependentes do auxílio ministerial. Os membros devem ser tão firmados na fé que tenham conhecimento inteligente da obra médico-missionária. Devem ser o exemplo de Cristo, ajudando aos que estão ao seu redor. Fielmente devem cumprir os votos feitos quando de seu batismo, o voto de que pra-ticariam as lições ensinadas na vida de Cristo. Mediante a santificação da verdade como é em Jesus, devem plantar nos corações os princípios vivos da fé salvadora. Devem trabalhar em união a fim de manter vivos na igreja os princípios de abnegação e sacrifício próprio, os quais Cristo, revestida Sua divindade da humanidade, seguiu em Sua obra médicomissionária (PUR, 1° de agosto de 1901; MS, p. 315, 316). Dar Prioridade Ao Plantio De Novas Congregações MPC 117 1 Igrejas devem ser organizadas; as igrejas maiores devem auxiliar as menores - Com frequência, tenho pensado em como seríamos mais abundantemente abençoados se, nas igrejas maiores, houvesse um grupo bem organizado de obreiros que se tornassem missionários em cidades e vilas, ensinando aos outros as preciosas lições que aprenderam sobre a verdade, a justiça e um juízo vindouro. Todos deviam ser apren-dizes, mas não como quem aprende sempre, sem nunca chegar ao conhecimento da verdade. Sejam estudantes dedicados, e pratiquem o que aprenderam em todo tempo. Isso lhes dará uma experiência que será do mais elevado valor para vocês mesmos, e certamente beneficiará outros. Deus nos tem dado luz, a qual Ele ordenou que deixássemos brilhar; e se algumas pessoas abraçarem a verdade num local, organizem-nas em igreja tão logo seja possível fazê-lo com sabedoria, e deixem que façam o que puderem para construir uma humilde casa de culto, como se fez em Willis [Michigan], a qual possam dedicar a Deus, e para a qual convidem Sua presença para estar com elas. Ele diz: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles" (Mt 18:20). Então, que as igrejas grandes, livres de dívidas, venham em auxílio de suas igrejas irmãs, e deem de seus recursos para esses locais menores de adoração, a fim de que as igrejas pequenas não sejam oprimidas e fiquem desanimadas sob um fardo de dívidas. Ao contrário do que fizeram o sacerdote e o levita, não passemos pelo outro lado. Que bênçãos seriam concedidas às igrejas que ajudam desse modo, e que amor por parte das igrejas mais pobres, ao entenderem que foram cuidadas com zelo para o bem! E, com esse auxílio prestado livre e alegremente, viriam ampliadas percepções da prestatividade e do dever cristão. Um laço de irmandade e o amor, forte e terno, se desenvolveriam entre os membros das igrejas, grandes e pequenas; e todos os fúteis ciúmes e invejas seriam consumidos por esse amor tão solidamente expresso (RH, 21 de julho de 1891). MPC 117 2 O trabalho deve continuar até que a igreja esteja bem estabelecida - Em seus esforços, nossos obreiros não estão se expandindo como deveriam. Nossos dirigentes não estão atentos para o trabalho que ainda precisa ser efetuado. Quando penso nas cidades em que tão pouco trabalho foi realizado, e em que há milhares a serem advertidos sobre a breve vinda do Salvador, sinto intenso desejo de ver homens e mulheres se dedicando ao trabalho no poder do Espírito, cheios do amor de Cristo pelas pessoas que estão a perecer. MPC 118 1 Os pagãos que vivem às nossas portas, nas cidades, têm sido estranhamente negligenciados. Devem ser feitos esforços organizados para salvá-los. Devemos agora trabalhar para converter os pagãos que estão no meio de nós - os que vivem à sombra de nossas portas. Um novo cântico deve ser colocado em sua boca, e eles devem sair a partilhar a luz da mensagem do terceiro anjo com outros que agora se acham em trevas. MPC 118 2 Todos nós precisamos estar bem despertos para que, ao se abrir o caminho, possamos fazer progredir a obra nas grandes cidades. Estamos muito atrasados em seguir a luz que nos foi dada, para entrar nas cidades e erigir memoriais para Deus. Passo a passo devemos conduzir as pessoas à plena luz da verdade. Muitos anseiam pelo alimento espiritual. Temos que continuar trabalhando até que seja organizada uma igreja e edificada uma humilde casa de culto. Estou muito animada a crer que muitas pessoas que não são de nossa fé ajudarão consideravelmente com seus recursos. A luz que me foi dada é que em muitos lugares, especialmente nas grandes cidades americanas, será fornecida ajuda por essas pessoas (PUR, 23 de outubro de 1902). MPC 118 3 Templo e escola devem ser construídos para novas congregações - Quando se forma um grupo de cristãos, cuidadosas providências devem ser tomadas para a permanência e estabilidade da obra. Será necessária uma casa de culto, e uma escola na qual seja dada instrução bíblica às pessoas. Os obreiros não devem deixar seu campo de trabalho sem construir uma igreja e providenciar uma sala de aula e um professor. [...] Tudo isso foi apresentado perante mim como uma visão panorâmica. Vi operários construindo humildes casas de adoração. Os recém-chegados à fé ajudavam com mãos dispostas, e aqueles que possuíam recursos auxiliavam com o que tinham. Preparou-se uma sala de aula para as crianças. Foram selecionados professores para atuar nesse lugar. Não havia grande número na escola, mas era um feliz começo. Ouvi os cânticos das crianças e dos pais: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Sl 127:1 (Manuscrito 3, 1899; AUCR, 26 de julho de 1899). MPC 118 4 Novas igrejas aumentam o número de obreiros disponíveis - Devemos buscar, em toda parte, suscitar um grupo de crentes que se unam conosco em elevar a norma da verdade, e trabalhar pelos ricos. Então, ao estarem as igrejas estabelecidas, haverá um acréscimo de auxiliares para trabalhar pelos necessitados e excluídos (Manuscrito 3, 1899; OE, p. 436). MPC 119 1 Gasta-se melhor o dinheiro alcançando aqueles que, por sua vez, podem ajudar a alcançar outros - Se os esforços, o talento, o trabalho, o dinheiro que têm sido aplicados em Chicago durante os últimos anos houvessem sido investidos em levar a verdade de Deus para estes últimos dias a uma classe de pessoas que poderia ter sido alcançada com sábios e bem dirigidos esforços, teriam recebido a verdade muitos que agora trabalhariam para dá-la a outros da mesma classe (Manuscrito 46, 1900; MR4, p. 422). MPC 119 2 Toda cidade americana deve ter um monumento para Deus - Por que são desprezadas tantas localidades? Vejam as vilas e cidades ainda não trabalhadas. Existem nos Estados Unidos, não apenas no Sul, mas no Norte também, muitas grandes cidades ainda não trabalhadas. Em cada cidade americana deveria haver algum memorial de Deus. Mas eu poderia mencionar muitos lugares em que a luz da verdade ainda não brilhou. Os anjos do Céu esperam que os instrumentos humanos penetrem nos lugares a que ainda não foi levado o testemunho da verdade presente. O nome do Senhor é desacreditado. Por favor, leiam a Bíblia e vejam se não é verdade que nossa obra mal começou (RH, 30 de dezembro de 1902). MPC 119 3 O ministro deve se mudar para um campo diferente após organizar uma nova igreja - Jovens ministros não devem ser incentivados a pregar para as igrejas. Esse não é o trabalho deles. Eles devem sair do arraial e assumir a obra em lugares onde a verdade ainda não foi proclamada. Saiam eles na humildade e mansidão de Cristo, obtendo forças na fonte de toda força. [...] MPC 119 4 Pastores não devem gastar seu tempo trabalhando pelos que já aceitaram a verdade. Com o amor de Cristo a arder-lhes no coração, devem se dispor a ganhar pessoas para o Salvador. Junto a todas as águas devem eles lançar as sementes da verdade. Um lugar após outro deve ser visitado; uma igreja após outra deve ser estabelecida. Os que se põem do lado da verdade devem ser organizados em igrejas e, então, deve o pastor prosseguir para outros campos igualmente importantes (RH, 19 de agosto de 1902). MPC 119 5 Igrejas enfraquecidas por ministros que só ficam rondando entre elas - O tempo que tem sido usado em pregar para nossas igrejas não as fortaleceu, mas as tornou fracas e impotentes, alimentadas com leite e não com alimento sólido. Deus tem chamado Seus ministros a deixar as noventa e nove e sair em busca da ovelha perdida. Sua experiência [do pastor e da Sra. Stephen N. Haskell] deve ser uma lição para todos os que rondam pelas igrejas - consumidores, e não produtores. Queremos que ponham sua confiança em Deus. Permitam que Ele os guie. O Senhor Jesus está respondendo às suas orações (Carta 132, 1901; MR10, p. 227, 228). Não Estabelecer Colônias MPC 120 1 São necessários muitos centros pequenos - É a vontade de Deus que se façam renovados esforços em muitos lugares, estabelecendo-se pequenos edifícios. Devemos realizar uma obra que abra o caminho para a propagação da verdade, e isso aumentará a fé das pessoas. [...] MPC 120 2 Há muitos campos a serem trabalhados, e não se façam cálculos para estabelecer muitos centros grandes em poucos lugares favorecidos. O Senhor me instruiu que não devemos fundar muitos grandes centros, pois em todo campo deve haver recursos para o bem-sucedido desenvolvimento da obra. Por isso, não se deve permitir que algumas instituições esgotem todos os meios. Nas cidades pequenas e grandes, e em povoados fora das cidades, devem ser mantidos pequenos centros nos quais fiéis vigias sejam postos a fim de trabalharem pelas pessoas. Aonde quer que o obreiro missionário for, seus esforços devem ser seguidos do estabelecimento de alguma pequena instituição, de modo a apressar o desenvolvimento da obra. Quando os servos de Deus fizerem fielmente seu trabalho, a Providência abrirá o caminho para esses recursos em muitos lugares (Carta 30, 1911; Ev, p. 535). MPC 120 3 Trabalho a ser feito em muitas localidades - O senhor [Dr. J. H.Kellogg] sabe que tenho recebido luz no sentido de que há interesses muito centralizados apenas em Battle Creek. Deve-se progredir em outro lugar. Quantas cidades há, nos Estados Unidos, que ainda não foram alcançadas! Por que não deixar que um pouco de sua disposição seja destinado a pôr pessoas em ação em diferentes localidades? Que a influência da verdade tenha longo alcance. Que o conhecimento de como preservar a saúde seja amplamente disseminado. Que tenha início a obra em lugares onde quase nada se realizou (Carta 43, 1895; MR17, p. 309). MPC 120 4 Não se esconder em colônias - Não é tempo agora de se estabelecerem colônias. A obra deve ser levada rapidamente de cidade em cidade. A luz que tem sido deixada sob o alqueire deve agora ser tirada e posta no castiçal, para que ilumine a todos que estão na casa (Manuscrito 21, 1910; MS, p. 302). MPC 121 1 Membros de grandes congregações são chamados a um serviço mais amplo - O tempo passa rapidamente. Aproxima-se o dia do acerto de contas do Senhor. Os adventistas do sétimo dia não devem se ajuntar em colônias. Devemos trabalhar conforme o exemplo que Jesus nos deu. Sobre a obra de Cristo, lemos: "E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías, que diz: "A terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações, o povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou" (Mt 4:13-16). "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo" (Mt 4:23). Essa é a obra que abrirá portas para a verdade. [...] MPC 121 2 Desse modo foi preenchido o tempo do Grande Missionário. Penso no trabalho que poderia ter sido feito, caso aqueles retidos em Battle Creek e em outros poucos lugares favorecidos levassem avante a obra nas aldeias, vilas e cidades nas quais não há monumentos à verdade. [...] MPC 121 3 Quando os olhos dos membros de nossas grandes igrejas forem ungidos com o colírio celestial, haverão eles de se erguer e sair para cumprir a comissão. Quando o coração for cheio com o Espírito Santo, adorarão ao Senhor seu Deus, e só a Ele servirão. O Senhor chama aqueles que se congregam em centros congestionados a que saiam para lugares nos quais a verdade nunca foi proclamada. Devem eles ensinar as coisas que Cristo ordenou, ignorando as várias hipóteses vindas de estranhas teorias. Falsos mestres virão, ensinando como doutrina os mandamentos de homens. Satanás apresentará fábulas para combater os princípios do ensino de Cristo. Deus conclama Seus fiéis mensageiros a que examinem Sua Palavra, e ensinem apenas aquelas coisas que Cristo ordenou. [...] MPC 121 4 Há muita coveniência ao redor de nossas instituições, muito amor à comodidade. É necessário que a comissão de Cristo seja levada avante ao pé da letra. O povo de Deus deve Lhe consagrar seus recursos e habilidades. É importante que os fiéis soldados da cruz de Cristo saiam do arraial, levando Seu vitupério e seguindo pelo caminho da abnegação, pelo qual o Redentor caminhou. MPC 121 5 Os ministros que andam passando pelas igrejas, pregando àqueles que conhecem a verdade, bem fariam em ir a lugares ainda em trevas. Se continuarem do jeito que estão, eles mesmos e suas congregações se enfraquecerão. Nossa religião se tornou fraca e doente porque os membros da igreja abandonaram seu primeiro amor. Poderiam ser fortes homens e mulheres em Cristo, caso obedecessem às orientações do Senhor. MPC 122 1 Recebi a ordem de erguer a voz em advertência, e de conclamar nosso povo que se aglomera em Battle Creek para que saia e assuma a obra que lhe foi designada por Deus. O mundo perece no pecado. Por quanto tempo mais vocês se esquivarão da grande, necessitada vinha, quando a história deste mundo está tão perto do seu encerramento? (RH, 9 de fevereiro de 1905). MPC 122 2 Centralizar grandes instituições não é o melhor - Algo foi realizado em missões estrangeiras, e alguma coisa nas missões domésticas, mas muito território foi deixado sem trabalhar. A obra está centralizada demais. Os interesses em Battle Creek estão superdimensionados, e isso significa que são privadas aquelas outras porções do campo, das instalações que deveriam ter tido. Os investimentos cada vez maiores para construir e ampliar os edifícios que reúnem e mantêm juntas tantas pessoas em Battle Creek não estão de acordo com o plano de Deus, mas em direta oposição a Seu plano. MPC 122 3 Tem-se insistido nas grandes vantagens de haver tantas instituições tão próximas, que elas seriam uma força umas às outras e poderiam fornecer ajuda aos que estivessem buscando educação e emprego. Isso está de acordo com o raciocínio humano; pode-se admitir que, de um ponto de vista humano, muitas vantagens são obtidas aglomerando tantas responsabilidades em Battle Creek; mas a visão precisa ser ampliada. MPC 122 4 Esses investimentos precisam ser fracionados em muitas partes, para que o trabalho possa começar em cidades em que será necessário criar centros de interesse. Devem ser erguidos edifícios e responsabilidades centralizadas em muitas localidades que são agora privadas do vital interesse espiritual, para expandir o já excessivo acúmulo em Battle Creek (T8, p. 59, 60 [1904]). MPC 122 5 Membros que se aglomeram perdem o senso de missão - Veio a mim a palavra do Senhor, segundo a qual há cristãos aglomerados demais em poucos lugares, e muitos estão perdendo o senso da brevidade do tempo e de sua responsabilidade de proclamar a mensagem do terceiro anjo. Deve haver genuína conversão por parte de cada um desses cristãos. Aqueles que estão ligados aos nossos escritórios de publicações precisam especialmente sentir a responsabilidade pelas pessoas e estudar maneiras e meios de fazer trabalho pessoal nos caminhos e valados. MPC 122 6 O Senhor não é glorificado no aumento exagerado de números que se vê em alguns de nossos centros de capacitação e esforço missionário (Manuscrito 53, 1910). MPC 123 1 Incêndios em Battle Creek permitidos por Deus para descentralizar instituições da igreja - O Senhor permitiu que o fogo consumisse os principais edifícios da Review and Herald e do hospital1 e, dessa maneira, removeu a maior objeção apresentada contra a mudança de Battle Creek. Era Seu desígnio que em lugar de reconstruir o mesmo grande edifício, nosso povo criasse instituições em vários lugares. Essas clínicas menores deveriam ter sido estabelecidas onde se pudesse conseguir terra para fins de agricultura (T8, p. 227 [1904]). Estratégia Para A Plantação De Igrejas MPC 123 2 Orar pedindo a guia de Deus ao plantar igrejas - Temos que buscar a sabedoria divina, pois pela fé vejo uma forte igreja naquela cidade [Palmerston, New Zealand]. Nossa obra deve ser vigiar e orar, para buscar o conselho dAquele que é maravilhoso e poderoso em conselho. Alguém mais poderoso do que os mais fortes poderes do inferno pode tomar de Satanás a presa e, sob Sua orientação, os anjos celestiais ven-cerão a batalha contra todas as potestades das trevas e firmarão o estandarte da verdade e da justiça naquela cidade (Carta 79, 1893; Ev, p. 39). MPC 123 3 Os conversos devem estar completamente arraigados na verdade - Onde quer que se faça o esforço de estabelecer uma igreja, devem ser dadas instruções fiéis e completas àqueles que aceitam a verdade. Nenhuma parte do trabalho deve ser negligenciada, e não sejam eles deixados por própria conta quando o obreiro parte para um novo campo, mas devem ainda receber cuidado e instrução. Que nada seja largado de maneira incompleta, desleixada. Tudo o que se faz deve ser feito de modo meticuloso. Os poucos que são assim trazidos para a verdade realizarão, com o tempo, mais do que se houvesse um grande número de pessoas sem instrução e preparo, que não compreendem sua responsabilidade e cujas peculiaridades se entrelaçam com sua experiência religiosa. Será muito mais difícil desfazer aquilo que se fez errado e corrigir o trabalho, do que levar a sério o trabalho desde o ponto de partida (RH, 5 de outubro de 1886). Ignorar Os Críticos MPC 123 4 Membros sem equilíbrio prejudicam a obra de Deus - Nenhuma reforma, em toda a história da igreja, foi levada avante sem encontrar sérios obstáculos. Assim foi no tempo de Paulo. Onde quer que o apóstolo fundasse uma igreja, havia alguns que professavam receber a fé, mas introduziam heresias que, uma vez aceitas, excluiriam, com o tempo, o amor da verdade. Lutero também sofreu grande perplexidade e angústia pela conduta de pessoas fanáticas, que pretendiam haver Deus falado diretamente por meio delas, e que, portanto, colocavam as próprias ideias e opiniões acima do testemunho das Escrituras. Muitos a quem faltavam fé e experiência, mas que possuíam considerável presunção, gostando de ouvir ou de contar alguma coisa nova, eram iludidas pelas pretensões dos novos ensinadores e uniam-se aos agentes de Satanás na obra de destruir o que Deus levara Lutero a edificar. E os Wesley, e outros que abençoaram o mundo pela sua influência e fé, encontraram a cada passo os ardis de Satanás, que consistiam em arrastar a excessos de fanatismo de todo tipo pessoas de zelo exagerado, desequilibradas e profanas (SP4, p. 245 [1884]; GC, p. 396). ------------------------Capítulo 11 -- A Obra Em Cídades Específicas Cidades Na América Do Norte MPC 125 1 A obra na América do Norte deve ser ampliada - Desejo dizerlhes, queridos amigos, que a obra aqui na América deve ser bem ampliada. Tantas vezes já foi apresentada perante mim a obra que devia ter sido feita na América mas ainda não se concretizou, que meu coração fica pesaroso. Cidade após cidade devia ter sido trabalhada e, se isso fosse feito fielmente, teriam sido trazidos para a verdade aqueles que poderiam sair para ganhar outras pessoas para Cristo. Em cada cidade deve haver monumentos para Deus. Mas o modo pelo qual a obra tem sido administrada resultou numa tesouraria exaurida. A falta de esforço para plantar o estandarte da verdade nas cidades da América tem produzido um estado de coisas no qual o consumo é maior que a produção; e a forma como a obra deve ser levada avante é um problema difícil (Carta 20, 1903; MR7, p. 123). Cidades Do Nordeste MPC 125 2 Trabalhar novamente as cidades impactadas pelo movimento de 1844 - Fui instruída que a mensagem deveria ser novamente pregada com poder nas cidades da Costa Leste dos Estados Unidos. Em muitas dessas grandes cidades do Leste, as mensagens do primeiro e segundo anjos foram anunciadas durante o movimento de 1844. A nós, como servos de Deus, nos foi confiada a mensagem do terceiro anjo, com que culmina a obra dos precedentes, para o preparo de um povo para a vinda do Rei. Devemos fazer todo esforço possível para transmitir o conhecimento da verdade a todos quantos a queiram escutar; e muitos escutarão. Em todas as grandes cidades Deus tem pessoas sinceras, desejosas de saber o que é a verdade (T9, p. 98 [1909]). MPC 125 3 A mensagem do terceiro anjo deve ser proclamada em cidades do nordeste - Todas essas cidades do Leste, nas quais a primeira e a segunda mensagens angélicas foram proclamadas com poder, e onde a mensagem do terceiro anjo foi pregada no início de nossa história como povo separado e especial, devem agora ser trabalhadas novamente. Há Portland, Maine; há Boston e todas as muitas cidades ao seu redor; há a cidade de Nova York, e as populosas cidades ao redor; há Filadélfia, Baltimore e Washington. Não preciso enumerar todos esses lugares; vocês sabem onde ficam. O Senhor deseja que proclamemos a terceira mensagem angélica com poder nessas cidades. MPC 126 1 Não somos capazes de exercer esse poder por nós mesmos; no entanto, podemos escolher homens capazes e insistir em que eles percorram essas avenidas de oportunidade, e ali proclamem a mensagem sob o poder do Espírito Santo (Manuscrito 53, 1909). MPC 126 2 Membros da igreja no Oeste devem apoiar o evangelismo no Leste - Ao trabalharmos fielmente em nossa vizinhança e nas cidades próximas, ao apresentarmos uma clara mensagem nas grandes cidades da nossa terra, veremos a salvação de Deus. MPC 126 3 A verdade deve avançar como uma lâmpada que ilumina as cidades do Leste, e nossos irmãos no Oeste têm agora o privilégio de fazer progredir a causa de Deus naquela parte do campo em que a terceira mensagem angélica foi proclamada em primeiro lugar (Manuscrito 23, 1910). Boston, Massachusetts MPC 126 4 A obra deve incluir Boston - Fui intruída de que Boston deve ser evangelizada, e sei que a posse dessa propriedade do sanatório é uma das grandes bênçãos que poderiam vir à nossa obra nos estados do Leste (RH, 29 de setembro de 1904). MPC 126 5 Milhares em Boston estão à espera de ouvir a verdade - Sinto profunda ansiedade por que Boston ouça a Palavra do Senhor e as razões de nossa fé. Pedi ao Senhor que suscite obreiros que entrem no campo. [...] Há milhares em Boston ansiando pela verdade simples tal como é em Jesus (Special Testimonies, Série B. n° 13, p. 8 [1908]; Ev, p. 391). MPC 126 6 A mensagem deve ir com poder - Se vocês e suas esposas se unirem em trabalho médico evangelístico na cidade de Boston [Dr. Daniel H. Kress] e em outras cidades do Leste, serão muito mais úteis, e diante de vocês surgirão claras visões do dever. A mensagem do primeiro anjo veio com grande poder a essas cidades em 1842 e 1843, e é chegado o tempo em que a mensagem do terceiro anjo deve ser proclamada amplamente no Leste. Há uma grande obra diante de nossos hospitais do Leste. A mensagem deve ir com poder quando a obra se está a terminar (Carta 20, 1910; CS, p. 547). MPC 127 1 A obra médica deve ser feita em Boston e em outras cidades da Nova Inglaterra - Quando o Sanatório de Nova Inglaterra foi transferido de South Lancaster [Massachusetts] para Melrose [Massachusetts], o Senhor me fez saber que isso estava de acordo com Sua ampla providência. Os edifícios e terrenos de Melrose são de qualidade que recomenda a nossa obra médico-missionária, que deve ser levada avante não só em Boston, mas em muitas outras cidades não evangelizadas em Nova Inglaterra. A propriedade de Melrose é tal que se podem proporcionar condições que atraiam para esse sanatório pessoas não pertencentes à nossa fé. As pessoas de classes privilegiadas, bem como as comuns visitarão essa instituição para se certificar das vantagens oferecidas para recuperação da saúde. MPC 127 2 Constantemente, Boston me tem sido indicada como um lugar que deve ser trabalhado fielmente. A luz deve brilhar tanto na periferia como nas partes mais centrais. O Sanatório de Melrose é um dos maiores instrumentos que podem ser empregados para alcançar Boston com a verdade. A cidade e seus subúrbios devem ouvir a última mensagem de misericórdia a ser dada ao nosso mundo. Devem-se fazer reuniões em tendas em vários lugares. Os obreiros devem aplicar ao melhor uso as capacidades que Deus lhes concedeu. Os dons da graça aumentarão pelo sábio uso. Não deve haver, porém, exaltação própria. Nenhum plano preciso deve ser fixado. Que o Espírito Santo dirija os obreiros. Devem eles manter o olhar em Jesus, o autor e consumador de sua fé. A obra para essa grande cidade será indicada pela revelação do Espírito Santo, caso andem todos humildemente com Deus. [...] MPC 127 3 Esperamos que os responsáveis pelo trabalho em Nova Inglaterra cooperem com os dirigentes do Sanatório de Melrose tomando medidas agressivas para fazer a obra que deve ser efetuada em Boston. Uma centena de obreiros pode trabalhar com vantagem em diferentes partes da cidade, em diferentes áreas de trabalho (Special Testimonies, Série B, n° 13, p. 12, 13 [1908]; CS, p. 554, 555). Nova York MPC 127 4 Comerciantes de Nova York devem receber a mensagem - Vocês devem sentir firme responsabilidade quanto ao trabalho na cidade de Nova York. Os homens das casas comerciais dessa cidade, bem como das outras cidades grandes, precisam, tão certamente como os pagãos nas terras estrangeiras, ser atingidos pela mensagem. O inimigo se alegra em ver a grande, salvadora verdade para este tempo confinada a poucos lugares. Ele não está inativo. Incute na mente das pessoas suas enganosas teorias para lhes cegar os olhos e confundir seu entendimento, a fim de que a verdade salvadora não lhes seja levada ao conhecimento. Em breve serão impostas as leis dominicais, e homens em posições de confiança ficarão furiosos com o pequeno número do povo de Deus que guarda os mandamentos (Carta 168, 1909; MR4, p. 278, 279). MPC 128 1 Necessidade de sanatório e escola perto de Nova York e outras cidades - Precisamos de um hospital e uma escola nos arredores da cidade de Nova York, e quanto mais se demore em se obter isso, mais difícil se tornará. MPC 128 2 Seria bom adquirir um lugar como um lar para nossos obreiros da Missão, fora da cidade. É de grande importância que eles tenham as vantagens da água pura, livre de toda contaminação. Por isso, muitas vezes é bom considerar as vantagens da localização entre colinas. [...] Deve também ser adquirido um lugar na cidade, onde possam ser administrados tratamentos simples. [...] MPC 128 3 Que lares assim sejam adquiridos nas vizinhanças de várias cidades, e zelosos e firmes esforços sejam feitos por pessoas capacitadas a dar nessas cidades a mensagem de advertência que deve ir a todo o mundo. Temos apenas tocado, por assim dizer, umas poucas cidades (Carta 168, 1909; MS, p. 308). MPC 128 4 É importante estabelecer a obra médico-missionária - Iniciar a obra médico-missionária em Nova York será o melhor que [o Sr. e a Sra. Haskell] podem fazer. Foi-me mostrado que, se pudesse haver nessa obra homens e mulheres de experiência, que representassem corretamente a verdadeira obra médico-missionária, ela teria grande poder em causar o devido impacto no povo (Carta 195, 1901; Ev, p. 387). MPC 128 5 Necessidade de obreiros; estabelecimento de restaurantes - Ao me encontrar em Nova York, no inverno de 1901, recebi informações com respeito à obra naquela grande cidade. Noite após noite, foi-me mostrada a conduta que nossos irmãos deviam seguir. Na Grande Nova York, a mensagem deve ser espalhada como uma luz que ilumina. Deus suscitará obreiros para essa atividade, e Seus anjos irão à sua frente. Embora nossas grandes cidades estejam atingindo rapidamente uma condição semelhante à do mundo anterior ao dilúvio; embora sejam elas como Sodoma pela iniquidade; há, no entanto, nelas muitas pessoas honestas que, ao ouvirem as alarmantes verdades da mensagem do advento, sentirão a persuasão do Espírito. Nova York está pronta para ser trabalhada. Nessa grande cidade, a mensagem da verdade será dada com o poder de Deus. O Senhor chama obreiros. Ele chama aqueles que adquiriram experiência na causa para que empunhem e levem avante no Seu temor a obra que deve ser feita em Nova York e em outras grandes cidades dos Estados Unidos. Ele pede também meios para serem usados nessa obra. MPC 129 1 Foi-me mostrado que não devemos ficar satisfeitos por termos um restaurante vegetariano no Brooklyn [Nova York], mas que devem ser estabelecidos outros, em outros pontos da cidade. As pessoas que vivem em uma parte da Grande Nova York não sabem o que se passa em outros locais dessa cidade imensa. Os homens e as mulheres que comem nos restaurantes estabelecidos nos diversos lugares vão perceber melhoras na saúde. Uma vez conquistada sua confiança, eles estarão mais preparados para aceitar a mensagem da verdade especial de Deus (T7, p. 54, 55 [1902]). MPC 129 2 Pessoas honestas da cidade precisam ser alcançadas - E aqui está Nova York, a grande cidade perversa. Quem se sentiu responsável por esse campo? Quem sentiu a necessidade de negar o eu para que a obra nessa cidade fosse levada avante? Ela é, na verdade, uma cidade perversa, mas Deus teve um Ló em Sodoma e Ele tem um povo em Nova York, o qual, como a corça que suspira pelas correntes de águas, suspira pelas puras águas do Líbano. Nova York está pronta para ser evangelizada. Quando estive lá pela última vez, justamente antes de deixar o país e ir para a Austrália, o Senhor me mostrou que Sua obra deve ser estabelecida em Nova York. Mostrou-me o que podia ser feito ali, se cada um correspondesse ao Seu auxílio. O poder de Deus deve levar a verdade a essa cidade. MPC 129 3 Não existe escassez de recursos entre nosso povo mais do que existiu no passado. Certamente não há escassez de recursos entre nosso povo na Califórnia. Mas, apesar disso, o grande campo de Nova York continua intocado, enquanto semana após semana uma grande congregação se reúne aqui no Tabernáculo [de Battle Creek]. As pessoas devem sentir que a reprovação de Deus repousa sobre elas porque não estão trabalhando por Ele em lugares que não conhecem a verdade. Se tivessem o espírito dos pais peregrinos, sairiam para trabalhar para Deus nos lugares decadentes da Terra (GCB, 10 de abril de 1901, p. 183, 184). MPC 129 4 Fazer empréstimos com juros, melhor do que parar a obra - Para não interromper a obra em Nova York, eu arranjaria dinheiro [i.e., faria um empréstimo] e pagaria juros sobre ele, a fim de levar a obra avante ( Carta 141 , 1901; MR4, p. 319). MPC 130 1 Milhares esperando ouvir a mensagem - Há, em Nova York, muitos que se acham maduros para a ceifa. Nessa grande cidade há milhares que não dobraram os joelhos a Baal. Disse o anjo: "Eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo" (Lc 2:10). Nova York traz parte do "todo o povo". Desejamos ver entrar o novo ano com mestres trabalhando em todas as partes de Nova York. Há uma obra a ser feita nessa cidade - o trabalho que deveria ter sido feito há doze anos. Por que não foi feito? Os homens e as mulheres não estavam conscientes da importância da época em que estamos vivendo. Eles não estavam preparados para fazer o trabalho que precisava ser feito. Aqueles que não estavam convertidos no que dizia respeito à reforma de saúde não poderiam trabalhar na causa de Deus. Por isso é que em 1901 existe uma escassez de trabalhadores (Manuscrito 117, 1901; parte em Ev, p. 387). MPC 130 2 Trabalho multiétnico a ser feito - Na cidade de Nova York, em Chicago e em outros grandes centros de população, existem muitos estrangeiros - multidões de várias nacionalidades, e quase todos inadvertidos ainda. Entre os adventistas do sétimo dia há um grande zelo - e não digo que haja demais - para trabalhar em campos estrangeiros; mas seria agradável a Deus se um zelo proporcional fosse manifesto para trabalhar nas cidades próximas. Seu povo deve atuar com prudência. Precisam se lançar a esse trabalho nas cidades com genuíno zelo. Pessoas consagradas e com talento devem ser mandadas para essas cidades e se lançar ao trabalho. Muitas classes de obreiros devem se unir a esses esforços por advertir o povo (RH, 29 de outubro de 1914; SC, p. 199). MPC 130 3 Evangelizar a cidade de Nova York agora, utilizando vários métodos - O melhor momento para evangelizar a cidade de Nova York é agora, o atual agora; e que se faça o caminho o mais reto possível para que a obra seja executada e que, ao mesmo tempo, todos se envolvam em cada interesse que se desperte nas localidades adjacentes. [...] MPC 130 4 A obra na Grande Nova York deve ser levada avante de modo a que represente da maneira devida a natureza santa da verdade de Deus. Devem-se estabelecer restaurantes vegetarianos, salas de tratamento e escolas de culinária. O povo deve ser ensinado a preparar alimento saudável. É importante que lhe seja mostrada a necessidade de descartar chá, café e carne. MPC 130 5 A Grande Nova York deve estar, em relação à Associação Geral, numa relação diferente da do território ao seu redor, e com interesses diferentes, e terá que ser considerada sob uma perspectiva diferente no que diz respeito ao trabalho missionário. A Grande Nova York é um mundo em si mesma, e deve receber, em alguns aspectos, uma administração diferente daquela de localidades próximas. MPC 131 1 Deus tem seus agentes designados para a ampliação de nosso círculo de influência e para o aumento do número de obreiros que sejam missionários de fato - trabalhadores em favor da salvação de seus semelhantes. Esses não devem impor limites para restringir a esfera de seus esforços. A igreja cristã sempre planejará iniciativas de avanço; sempre instruirá obreiros para futuras conquistas para Cristo. Seguirá avançando sempre e sempre, a fim de que a verdade se estenda a todas as partes do mundo. [...] MPC 131 2 O Senhor desejaria que Nova York, com todas as localidades vizinhas, houvesse sido trabalhada muitos anos antes, e agora que se revelou mais claramente a oportunidade, em todos os locais, em cada igreja, corações devem ser atraídos e ligados ao progresso da mensagem do evangelho. Em todas as partes negligenciadas da vinha, é necessário que corações sejam tocados com uma experiência genuína, viva; e agora que se iniciou uma grande obra, ninguém deve cruzar os braços, e é pre-ciso que todos considerem com interesse cada esforço da igreja. MPC 131 3 As igrejas, em diferentes partes da Grande Nova York, devem agora sentir as sagradas responsabilidades que Deus lhes deu. A palavra do Senhor é que esse vasto campo missionário seja fielmente trabalhado, e que cesse cada vestígio de crítica, censura e separação entre irmãos. Os preconceitos, o pensar e falar mal devem ser abandonados. Deus não tolerará por mais tempo o espírito que tem controlado as questões em nossas igrejas de Nova York. Os campos aqui estão prontos para a ceifa. Em qualquer direção para a qual olharmos, nossos irmãos devem fazer o trabalho que lhes foi indicado e que se estende a uma grande e imensurável circunferência. Não se deve atentar para aqueles que cultivam e promovem o preconceito. A obra deve avançar sob a direção de Deus, e aqueles que desejam alimentar o espírito de dissensão devem se afastar do caminho e permitir que a obra de Deus avance (Important Testimony (Panfleto 038), p. 6-0 [1903]). MPC 131 4 Cidades próximas, Trenton e Brooklyn, devem ser evangelizadas - Tenho a profunda impressão de que Trenton [Nova Jersey] representará um interesse central, bem como Brooklyn [Nova York], e ainda outras localidades fora da cidade de Nova York. De fato, vemos os campos em toda direção, dentro e fora de Nova York, a serem evangelizados. É necessário conseguir um salão para reunir pessoas da cidade de Nova York e das localidades ao redor. [...] MPC 132 1 Deus deseja que nossas cidades sejam trabalhadas mediante as influências dotadas, santificadas, postas em ação sobre a mente humana. A transformação da mente de uma pessoa significa, se for executada a vontade de Deus, a transformação de muitas mentes humanas. "Nenhum de nós vive para si." Nenhum de nós planeja obter glória para si. O Senhor deu Cristo ao mundo e, com Cristo, não reteve nada que pudesse auxiliar o homem em sua humanidade. Quando a igreja organizada não retém nada dos [seus] talentos e influência - quando o Senhor deu Cristo e, então, conclamou o ser humano a colocar esse poder e influência sob o poder do dom do Espírito Santo para coroar sua obra com bom êxito, para fazer de sua obra [combinada] um notável sucesso -, deveria o ser humano falhar em sua parte? [...] MPC 132 2 O que a igreja se propõe a fazer como instrumento cristão pela conversão do mundo? O Senhor apela para que Seus monumentos sejam estabelecidos em cada cidade. É necessário que haja em cada cidade a obra que precisa ser abraçada para difundir a influência da verdade, que tem poder santificador sobre aqueles que ouvem e obedecem (Carta 183, 1901). Cidades Da Costa Do Atlântico Filadélfia, Pensilvânia MPC 132 3 Evangelistas devem trabalhar onde questões religiosas agitam os cidadãos - Filadélfia e outros lugares importantes devem ser alcançados. Os evangelistas devem estar procurando caminho para todos os lugares em que o espírito das pessoas está agitado pela questão da legislação dominical e do ensino religioso nas escolas públicas. É a negligência dos adventistas do sétimo dia para aproveitar essas oportunidades providenciais de apresentar a verdade que me oprime o coração e me faz ficar desperta noite após noite (RH, 20 de abril de 1905; Ev, p. 394, 395). MPC 132 4 Trabalhar sob a guia do Espírito Santo traz resultados - Devíamos estar satisfeitos por ver a obra especial feita em Filadélfia e em Boston. Muitas pessoas se converterão, se homens e mulheres fizerem o trabalho pessoal que precisa ser realizado. Por meio de obreiros que trabalham sob a influência do Espírito Santo, muitas pessoas serão trazidas ao conhecimento da verdade (Manuscrito 162, 1905; MR10, p. 228). Washington, DC MPC 132 5 Na capital dos Estados Unidos, poucos têm sido advertidos - Tenho escrito muito acerca da necessidade de fazer esforços mais decididos em Washington, DC. Segundo a luz que me foi dada, algo deve ser feito nessa cidade, imediatamente. Como é estranho que no coração da nação tenha sido realizado tão pouco para representar a lealdade do povo de Deus. Foi-nos dada a mais grandiosa verdade já confiada a mortais. Washington, a capital dos Estados Unidos, é exatamente o lugar a partir do qual essa verdade deve resplandecer. Mas o que tem sido feito ali para proclamar a verdade? Que desculpa podemos dar a Deus por nossa administração infiel? (Carta 132, 1903). MPC 133 1 Os obreiros não devem ser transferidos durante reuniões evangelísticas - Deve-se desenvolver vigoroso esforço evangelístico na capital da nação. [...] MPC 133 2 Eu me alegro por [W W Prescott] ter feito essa obra evangelística em Washington, e que já se tenha despertado tão profundo interesse. As notícias que têm sido dadas quanto ao trabalho ali correspondem o mais de perto possível à apresentação que me foi dada do que havia de ser. Estou segura, pois o caso me foi apresentado, e essa obra não precisa ser enfraquecida por serem chamados para outros lugares os obreiros necessários. [...] MPC 133 3 É preciso ser feita uma obra evangelística em Washington, e esta não deve ser interrompida por chamados de outros lugares. Deus quer que Sua obra nos centros populosos seja levada avante em linhas retas. MPC 133 4 Você está onde o Senhor quer, pastor [A. G.] Daniells, e não deve ser sobrecarregado com muitas responsabilidades. Washington tem sido negligenciada por bastante tempo. Decidido esforço deve ser feito aí agora. O Senhor dará força e graça. Os obreiros não devem permitir ser desviados da obra por muitas coisas que certamente hão de lutar por atrair atenção. Eis a razão por que tenho me sentido ansiosa de que cada talento dos obreiros em Washington seja empregado de maneira a melhor promover o progresso da obra de Deus (Carta 53, 1904; Ev, p. 395). MPC 133 5 Trabalho pessoal necessário nas cidades - Rogo aos cristãos de Washington que venham em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra as fortes potestades das trevas. Será preciso trabalho pessoal nessa cidade e em seus subúrbios. Preparem o caminho do Rei. Ergam a bandeira mais e mais alto. Há trabalho evangelístico a ser feito em Washington e Baltimore, e nas muitas outras grandes cidades do Sul e do Leste. A obra de ensinar e de curar deve ser combinada. Ponham pastores e missionários médicos toda a armadura de Deus, e saiam a proclamar a mensagem evangélica. É importante que seja proclamada em Washington uma mensagem clara. É preciso dar à trombeta um sonido certo (Carta 304, 1908; Ev, p. 397). Takoma Park, Washington, DC MPC 134 1 Doações para ajudar a manter obreiros perto de Washington, DC - Suplicamos que os que se acham residindo em Takoma Park se tornem colaboradores de Deus em firmar o estandarte da verdade em territórios não trabalhados. Parte dos grandes donativos solicitados sejam empregados em prover obreiros para nossas cidades vizinhas de Washington. Faça-se um fiel trabalho de casa em casa. Pessoas estão a perecer fora da arca de segurança. Que os membros da igreja ergam a bandeira da verdade em sua vizinhança. Armem os pastores sua tenda, e preguem a verdade ao povo com poder, e depois se mudem para outra vizinhança e aí preguem a verdade (Carta 94a, 1909; Ev, p. 397). MPC 134 2 A área em torno de Washington, DC deve ser trabalhada - No último domingo, fizemos um longo passeio pelo distrito imediatamente ao lado da nossa propriedade [Takoma Park]. A irmã Daniells estava conosco, e ela nos mostrou os núcleos residenciais mais próximos à nossa propriedade. Ficamos muito satisfeitos com a aparência desses condomínios. As casas são de bom gosto e confortáveis, rodeadas de jardins atraentes. MPC 134 3 Os lugares que vimos me fizeram lembrar daquilo que observamos ao visitar Oakland e San Francisco pela primeira vez. Na época, Oakland não era tão grande como é agora. Era chamada de dormitório de San Francisco, porque muitos comerciantes que trabalhavam em San Francisco tinham sua casa em Oakland. Takoma Park poderia, com propriedade, ser chamada de dormitório de Washington. Muitos empresários moram ali, dirigindo-se ao seu trabalho na cidade a cada manhã e retornando ao anoitecer à quietude e ao retiro do campo. [...] MPC 134 4 Sou muito grata pelo estabelecimento de nossa obra nesse lugar. Se Cristo estivesse no local, Ele nos diria: "Erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa" (Jo 4:35). Temos uma obra a fazer, em conduzir preciosas pessoas, passo a passo. [...] MPC 134 5 Minhas esperanças para esse lugar são elevadas, como foram no passado quando entrei em novos campos. O interior, por quilômetros e quilômetros ao redor de Washington, deve ser trabalhado. Não falemos do que teria sido feito, se o dinheiro gasto em uns poucos lugares tivesse sido usado no estabelecimento de monumentos para Deus onde são grandemente necessários esses monumentos; voltaremos ao presente. Queremos apresentar a verdade com amor, fé, esperança e coragem. [...] MPC 135 1 Cremos plenamente que o Senhor foi adiante de nós na aquisição dessa propriedade, e que faremos tudo em nosso poder para levar avante Sua vontade no estabelecimento da obra neste lugar. Necessitaremos de jovens com os melhores talentos em nossa obra em Washington. [...] É importante que a mensagem seja proclamada em Washington, e ela deve avançar desse lugar para as outras cidades do Sul. [...] MPC 135 2 No sábado passado, falei no Salão Nobre de Takoma, que estava repleto. Falei sobre João capítulo 15, e meu coração foi refrigerado ao me demorar sobre esse importante assunto. Vários cidadãos estavam presentes, e o proprietário do salão também se encontrava lá. MPC 135 3 No domingo, falei na Igreja M Street Memorial ao grupo de obreiros que se reuniu em Washington para realizar reuniões em tendas e fazer a obra bíblica. Meu coração se enche do anelante desejo de que todos os que se ligarem a essa importante obra tenham uma experiência diária nas coisas de Deus, que ocupem o lugar que lhes foi designado de um modo que obtenham a aprovação do Senhor. Devem ser íntegros em tudo o que fazem. A esse respeito, nunca seremos insistentes demais. [...] MPC 135 4 Nosso povo na América deve demonstrar grande interesse pela extensão da obra do Senhor. Deve sentir um profundo senso de pesar e humilhação ao pensar que as cidades que lhes foram apresentadas durante os últimos vinte e cinco anos ainda não ouviram a mensagem da verdade presente. Existem pagãos, por assim dizer, bem nos nossos domínios, em nossas grandes cidades. Mas quem sente responsabilidade por essas pessoas não advertidas? Quem se dispõe a investir [seus] recursos na obra de iluminá-las? (Manuscrito 38, 1904). Cidades Do Centro-Oeste Chicago, Illinois MPC 135 5 Chicago deve ser trabalhada a partir de localização rural - No momento, alguns serão obrigados a trabalhar em Chicago, mas deverão preparar centros de trabalho nos distritos rurais, de onde façam o trabalho na cidade. O Senhor gostaria que Seu povo olhasse em torno de si, e adquirisse lugares humildes, que não fossem caros, para serem centros para o trabalho. E de tempos em tempos, saberão de lugares maiores, os quais eles poderão comprar por preço surpreendentemente baixo (Manuscrito 33, 1906; MS, p. 305, 306). MPC 135 6 Trabalho étnico a ser realizado em todas as grandes cidades - Viajamos para ver a recém-estabelecida Missão Sueca, em Oak Street [Chicago]. Foi-nos aí mostrado um edifício que nossos irmãos suecos, sob a orientação do pastor S. Mortenson, adquiriram ultimamente para sede de seu trabalho em Chicago. O prédio tem bom aspecto. No porão, eles têm um bem equipado restaurante vegetariano. No primeiro andar, há uma aprazível e confortável sala para as reuniões, com assentos confortáveis para uma congregação de cerca de cento e cinquenta pessoas, e os dois andares superiores estão alugados a moradores. Alegrei-me muito ao ver essa demonstração de progresso na obra sueca em Chicago. MPC 136 1 Há grande obra a fazer pelo povo de todas as nações nas grandes cidades da América do Norte, e pontos de reunião como esse podem ser de grande benefício no sentido de atrair a atenção do povo, e no preparo de obreiros. Em toda cidade grande da América do Norte há pessoas de diferentes nacionalidades, as quais precisam ouvir a mensagem para este tempo. Desejo ver provas de que os ramos de trabalho delineados pelo Senhor estão sendo desinteressadamente feitos. Uma obra semelhante à que está sendo feita em Chicago pelo povo sueco deve ser feita em muitos lugares (RH, 9 de fevereiro de 1905; Ev, p. 572). MPC 136 2 Cautela ao adquirir propriedade nas cidades - Cenas que logo ocorreriam em Chicago e outras grandes cidades também passaram diante de mim. Ao se avolumar a iniquidade e se retirar o protetor poder de Deus, houve tempestades e ventos destruidores. Edifícios foram destruídos pelo fogo e deitados abaixo por terremotos. [...] MPC 136 3 Algum tempo depois disso, foi-me mostrado que a visão dos edifícios em Chicago e o ônus sobre os recursos de nosso povo para erigi-los, e sua destruição, eram uma lição prática para nosso povo, advertindo-os de que não deviam investir amplamente seus recursos em propriedades na cidade de Chicago, ou em alguma outra cidade, a não ser que a Providência Divina abrisse o caminho e indicasse claramente o dever de construir ou comprar, por ser necessário à transmissão da mensagem de advertência. Foi feita uma admoestação similar com relação ao ato de construir em Los Angeles. Constantemente tenho sido avisada de que não devemos aplicar recursos na construção de edifícios caros nas cidades (Manuscrito 33, 1906; EF, p. 113, 114). MPC 136 4 O evangelho deve ser claramente apresentado em locais fora de Chicago - Foi-me dada uma representação da proclamação da Palavra da verdade com clareza e poder em muitos lugares nos quais ela jamais havia sido ouvida. O Senhor gostaria que o povo estivesse advertido, pois uma grande obra será feita em pouco tempo. Eu ouvi a Palavra de Deus proclamada em muitas localidades fora da cidade de Chicago. Muitas vozes proclamavam a verdade com grande poder. Aquilo que proclamavam não eram teorias fantasiosas, mas a mensagem de advertência. Enquanto a sólida verdade da Bíblia saía de lábios de homens que não tinham teorias ou fantasias, ou uma confusa ciência para apresentar, havia outros que trabalhavam com todo o poder para introduzir falsas teorias referentes a Deus e a Cristo. E operavam-se milagres para enganar, se possível, até os escolhidos (Manuscrito 33, 1906; MS, p. 305). Denver, Colorado MPC 137 1 Apesar dos desafios, há trabalho a ser feito em Denver - Segundo me é mostrado, vejo que há necessidade de fazer uma sólida obra em Denver. Muitas coisas funcionaram, no passado, contrariamente à prosperidade da obra ali, e essa influência desfavorável ainda não se acha inteiramente removida (Carta 84, 1901; Ev, p. 402). Cidades Do Sul Nashville, Tennessee MPC 137 2 A mensagem deve ser conduzida com simplicidade - Quanto à obra dentro e ao redor de Nashville, devemos fazer tudo o que pudermos para colocá-la sobre base sólida. O trabalho deve ser conduzido com simplicidade, e de um modo que recomende a verdade. Há muitos lugares no Sul abertos à nossa obra; mas, a todo custo, comecemos pelas cidades importantes, e levemos a mensagem agora. "Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a Terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos" (Ag 2:6, 7) (Special Testimonies, Série B, n° 11, p. 4 [1908]). New Orleans, Louisiana MPC 137 3 Obreiros devem levar a sério os interesses da obra - New Orleans precisa ser evangelizada. Oportunamente, durante o ano, é necessário fazer uma série de reuniões públicas ali. Devem-se fazer reuniões campais em muitos lugares, culminando com um trabalho evangelístico, uma vez terminadas essas reuniões. Assim serão recolhido os feixes. MPC 137 4 Agora que a obra em New Orleans deve ser mais plenamente empreendida, preciso dizer: Entrem nessa cidade homens e mulheres que têm conhecimento da verdade e que compreendam a maneira do Senhor proceder, para trabalhar com sabedoria e no temor do Senhor. Os obreiros escolhidos para trabalhar em New Orleans devem ser os que levam a sério o bem da causa, homens que conservem sempre em vista a glória de Deus, e tornem a força do Deus de Israel sua frente de batalha e sua retaguarda. O Senhor ouvirá e atenderá certamente às orações de Seus obreiros, uma vez que dEle busquem conselho e instruções (Manuscrito 49, 1907; Ev, p. 399). MPC 138 1 Ir trabalhar as cidades em vez de criticar os que já estão trabalhando - O Senhor Deus tem atuado. Meus irmãos, em vez de criticar o que tem sido feito, reservem seus discursos para as grandes cidades que ainda não foram evangelizadas, como New Orleans, Memphis e St. Louis. Vão a esses lugares e trabalhem pelo povo, mas não soltem uma palavra de censura contra aqueles que procuraram tão arduamente fazer tudo ao seu alcance pelo progresso da obra. Por vezes, esses obreiros ficaram quase desanimados, mas nos mantivemos em oração por eles. Onde quer que eu estivesse, pedia as orações do povo de Deus em seu favor (RH, 25 de maio, 1905; Ev, p. 401). Cidades Da Costa Oeste Cidades da Califórnia MPC 138 2 Concentrar as energias na edificação da causa de Deus - Em minha última visão, foi-me mostrado que devemos desempenhar uma parte na Califórnia quanto a estender e confirmar a obra já iniciada. Foime mostrado que se deve executar trabalho missionário na Califórnia, Austrália, Oregon e outros territórios, muito mais extensamente do que nosso povo imagina ou alguma vez já pensou e planejou. Foi-me mostrado que, no momento atual, não atuamos com a mesma rapidez com que a providência de Deus abre e indica o caminho. Foi-me mostrado que a verdade presente seria um poder na Califórnia, caso os crentes na mensagem não dessem lugar ao inimigo, mediante incredulidade e egoísmo, mas concentrassem os esforços em um objetivo: a edificação da causa da verdade presente (LS, p. 209, 210 [1874, 1915]). MPC 138 3 Os ministros devem entender o chamado de Deus para evangelizar cidades na Califórnia - Não faremos tudo ao nosso alcance a fim de estabelecer a obra nas grandes cidades de San Francisco e Oakland, e em todas as outras cidades da Califórnia? Milhares e milhares que residem nas cidades que ficam próximas de nós necessitam vários tipos de auxílio. Que os ministros do evangelho compreendam que o Senhor Jesus Cristo disse a Seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo" (Mt 5:14) (Manuscrito 79, 1900; Ev, p. 403). MPC 138 4 Redlands e outras cidades do Sul da Califórnia devem ser trabalhadas - Anos atrás, muitos lugares no sul da Califórnia me foram apresentados como campos muito importantes, necessitando de fervoroso trabalho. Quando estive em Redlands, eu a reconheci como um desses lugares. Segundo a luz que me foi dada, a condição dessas cidades não alcançadas do sul da Califórnia é uma desonra àqueles que conhecem a verdade. Recentemente, o Pastor [William Ward] Simpson dirigiu reuniões numa tenda em Redlands, resultando no acréscimo de muitos novos membros à igreja. Por isso louvamos ao Senhor. Mas ainda há muito a ser feito em Redlands. Precisamos agora dedicar sinceros esforços nas cidades do sul da Califórnia (RH, 6 de abril de 1905). MPC 139 1 Restaurantes e salas de tratamento devem ser estabelecidos em cidades turísticas e balneários - Quando me encontrava em Los Angeles, fui informada de que não somente nos vários pontos dessa cidade, mas em San Diego e em outros pontos turísticos do sul da Califórnia, deveriam ser estabelecidos restaurantes e salas para tratamentos de saúde. Nossos esforços nesses setores devem incluir os balneários à beira-mar. Como a voz de João Batista foi ouvida no deserto: "Preparai o caminho do Senhor", assim deve a voz dos mensageiros do Senhor ser ouvida nos grandes pontos turísticos e balneários à beira-mar (T7, p. 55, 56 [1902]). MPC 139 2 Todos os setores de San Francisco e Oakland precisam ser evangelizados - Há uma obra a ser feita na Califórnia - uma obra que tem sido inexplicavelmente negligenciada. Que essa obra não seja retardada por mais tempo. Ao se abrirem portas para a apresentação da verdade, estejamos prontos para entrar. Tem-se feito alguma obra na grande cidade de San Francisco, mas, ao examinarmos o campo, vemos claramente que foi feito apenas um começo. Assim que possível, devem ser feitos esforços bem organizados em diversas partes dessa cidade, e também em Oakland. A perversidade de San Francisco não é percebida. Nossa obra nessa cidade deve ser ampliada e aprofundada. Deus vê nela muitas pessoas para serem salvas (T7, p. 110 [1902]). MPC 139 3 A obra de Deus em San Francisco deve ser ampliada e aprofundada - Seria difícil descrever meus sentimentos enquanto me apresentava diante da igreja de San Francisco, no sábado, 10 de novembro [de 1900], e contemplava a grande congregação. Minha mente retrocedeu à época, vinte e quatro anos antes, quando meu esposo e eu planejamos a construção de uma casa de culto em San Francisco. Alguns, ao verem o plano, disseram: "É grande demais. A casa nunca se encherá." Ao mesmo tempo, construíamos o primeiro prédio da Pacific Press e a casa de reuniões em Oakland. Que grande ansiedade sentimos, e como foram fervorosas as orações elevadas a Deus para que Ele abrisse o caminho para o avanço desses empreendimentos! MPC 140 1 Naquela época, sonhei que via duas colmeias de abelhas, uma em San Francisco e outra em Oakland. Na colmeia de Oakland, as abelhas trabalhavam com dedicação. Depois olhei para a colmeia de San Francisco, e vi muito pouca coisa sendo feita. A colmeia em Oakland parecia ser, de longe, a mais promissora. Depois de um tempo, minha atenção foi novamente chamada para a colmeia em San Francisco, e vi que ocorrera uma completa mudança. Via-se grande atividade entre as abelhas. Elas trabalhavam diligentemente. MPC 140 2 Quando relatei esse sonho, ele foi interpretado como significando que, em San Francisco, havia um grande trabalho a ser realizado. [...] MPC 140 3 Oramos muito em relação às necessidades da causa e ao significado do sonho, e resolvemos nos aventurar de acordo com a luz concedida. Meu esposo e eu decidimos vender nossa propriedade em Battle Creek, a fim de usarmos o dinheiro apurado nessa obra. [...] Isso foi feito, e ajudamos a construir as igrejas em Oakland e San Francisco. E o Senhor nos revelou que, embora a obra em San Francisco, a princípio, caminhasse lentamente, ainda assim avançaria com segurança, e San Francisco se tornaria um grande centro. O Senhor inspiraria homens por Seu Santo Espírito a levar a obra avante com fé, coragem e perseverança. [...] MPC 140 4 Quando entramos na igreja de San Francisco na manhã de sábado, nós a encontramos repleta. Em pé, diante do povo, pensei no sonho e na instrução que recebera tantos anos antes, e me senti muito encorajada. Olhando para as pessoas reunidas, senti que poderia realmente dizer: O Senhor cumpriu Sua palavra. Depois que terminei de falar, todos os que desejassem se entregar ao Senhor em solene consagração foram convidados a vir para a frente. A esse apelo, duzentas pessoas responderam. [...] Esperamos, sinceramente, que os passos a serem dados no futuro, na obra em San Francisco, sejam passos de progresso. O trabalho que se tem feito ali é apenas o início. San Francisco é um mundo em si mesmo, e é necessário que a obra do Senhor ali se amplie e se aprofunde. [...] MPC 140 5 Há uma grande obra a ser feita em San Francisco e Oakland. O Senhor usará homens humildes nessas grandes cidades. [...] MPC 140 6 Há homens e mulheres a quem o Senhor, mediante circunstâncias especiais, trará à frente da Sua obra (AUCR, 1° de março de 1901). Canadá Toronto MPC 140 7 Toronto deve ser evangelizada - Meu coração dói ao ver a obra que precisa ser realizada, e ninguém para executá-la. Precisamos jejuar e orar a fim de que o Senhor suscite trabalhadores para irem à seara. O que faremos para conseguir obreiros? O pastor [Daniel T.] Bourdeau diz que Toronto é um excelente campo no qual trabalhar. Alguém deve ser enviado a esse campo (Carta 26, 1883). Cidades Fora da América do Norte MPC 141 1 A mensagem deve ser traduzida para que todas as nações recebam a verdade - Uma grande obra é confiada aos que apresentam a verdade na Europa. [...] Há a França e a Alemanha, com suas grandes cidades cheias de gente. Há a Itália, a Espanha e Portugal, depois de tantos séculos de escuridão, abertas à Palavra de Deus, à recepção da última mensagem de advertência ao mundo. Há a Holanda, a Áustria, a Romênia, a Turquia, a Grécia e a Rússia, morada de milhões e milhões, cuja vida é tão preciosa à vista de Deus quanto a nossa, e que nada sabem das verdades especiais para este tempo. [...] MPC 141 2 Tem-se feito já bom trabalho nesses países. Há alguns que receberam a verdade, disseminados como portadores de luz em quase todas as terras. [...] Mas bem pouco se tem feito em comparação com a grande obra que está diante de nós! Anjos de Deus estão operando na mente do povo, e preparando-o para receber a advertência. Necessitam-se missionários em campos que mal foram penetrados. Abrem-se constantemente novos campos. A verdade precisa ser traduzida em diversas línguas, para que todas as nações possam fruir sua influência pura e vivificante. [...] MPC 141 3 Os colportores obtêm estimulante sucesso na venda de nossos livros. A luz é, desse modo, levada ao povo, enquanto o colportor - que em muitos casos foi despedido do emprego ao aceitar a verdade - tem a possibilidade de se sustentar, e as vendas representam um auxílio financeiro ao escritório. Nos dias da Reforma, os monges que haviam deixado os conventos e não tinham outros meios de sustento, atravessavam o país, vendendo os livros de Lutero que, desse modo, circulavam rapidamente pela Europa. A obra da colportagem foi, então, um dos mais eficazes meios de disseminar a luz, e assim se revelará agora (RH, 6 de dezembro de 1887; LS, p. 304, 305). MPC 141 4 Mais fácil trabalhar em alguns países do que em outros - Certos países apresentam condições que os tornam próprios como centros de educação e influência. Entre as nações que falam o inglês, e as protestantes da Europa, é relativamente fácil ter acesso ao povo, e elas oferecem numerosas vantagens para a fundação de estabelecimentos e o progresso de nossa obra. Em outras terras, tais como Índia e China, os obreiros precisam passar por um longo período de treinamento antes que as pessoas consigam entendê-los, e eles ao povo. A cada passo existem grandes dificuldades a serem enfrentadas no trabalho. Nos Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e alguns outros países europeus, muitos desses impedimentos não existem. A América do Norte tem muitas instituições que dão reputação à obra. Instituições semelhantes devem ser implantadas na Inglaterra, Austrália, Alemanha, Escandinávia e outros países continentais da Europa, com o evoluir da obra. Nesses países, o Senhor tem hábeis obreiros, trabalhadores experientes. Podem eles liderar o estabelecimento de instituições, o preparo de obreiros e a promoção da obra em seus diferentes ramos. É a vontade divina que todos os recursos lhes sejam concedidos. As instituições estabelecidas dariam crédito à obra em outros países, oferecendo oportunidades de os obreiros se habilitarem para o trabalho nos países mais distantes. Desse modo, a eficiência de nossos obreiros seria multiplicada cem vezes mais (T6, p. 25 [1900]). Oceania MPC 142 1 Cidades da Oceania devem ser evangelizadas - Diversas vezes, durante os últimos cinco anos, foi-me apresentado que se deve realizar grande obra nas cidades da Oceania, que esta época é momento favorável para trabalhar e que não se deve perder tempo; recentemente me foi concedida luz, encorajando-nos a realizar maiores esforços em Sydney, Melbourne e Brisbane, e indicando que havia chegado o tempo de entrarmos em Newcastle e cidades vizinhas. Vários pequenos grupos me foram apresentados e, com eles, dois grupos maiores que estendiam as mãos, implorando e dizendo: "'Passa a [...] e ajuda-nos'. Estamos famintos pelo Pão da vida" (RH, 11 de abril de 1899). MPC 142 2 A obra do evangelismo da saúde deve estar à frente na Austrália - A obra médico-missionária promete fazer na Austrália mais do que tem feito na América do Norte no abrir caminho à verdade para chegar ao povo. Espero que o povo do Senhor dê ouvidos agora aos convites da providência de Deus em abrir caminhos, e compreenda que é tempo oportuno para trabalhar (Carta 41, 1899; Ev, p. 425, 426). MPC 142 3 Instituições de saúde abrem as portas para o trabalho em novos campos - Em nossas reuniões na Austrália faziam-se diariamente palestras sobre assuntos de saúde, e foi despertado profundo interesse. Havia no terreno uma tenda para uso dos médicos e das enfermeiras, e instruções médicas eram dadas livremente, e requisitadas por muitos. Milhares de pessoas assistiam às palestras, e no encerramento da reunião campal as pessoas não ficavam satisfeitas a ponto de permitirem que o assunto se encerrasse com o que já haviam aprendido. Em várias cidades em que se realizavam reuniões campais, alguns dos principais cidadãos faziam apelos para que se estabelecesse uma clínica, prometendo sua cooperação. O trabalho tem sido iniciado em diversas cidades com excelente sucesso. Dirigida de maneira adequada, uma instituição de saúde pode representar a nossa obra em novos campos. E não é apenas um benefício para as pessoas, mas os obreiros com ela relacionados podem ser um auxílio para os que trabalham em setores evangelísticos. MPC 143 1 Em toda cidade em que temos uma igreja, há necessidade de um lugar no qual se possam aplicar tratamentos. Poucos há, entre os nossos membros de igreja, que podem fornecer salas e espaço para o cuidado adequado dos doentes. Deve-se prover um lugar no qual se possam tratar as doenças comuns. A construção pode ser pouco atrativa e mesmo rude, mas deve proporcionar as condições necessárias para a aplicação de tratamentos simples. Sabiamente empregados, serão uma bênção não só para o nosso povo, mas para seus vizinhos, e podem se tornar um meio de chamar a atenção de muitos para os princípios de saúde (T6, p. 112, 113 [1900]). MPC 143 2 A obra deve se irradiar para muitas regiões a partir da Austrália - Em seus esforços por levar avante a obra sobre base sólida e entrar em novo território, nossos irmãos e irmãs na Oceania têm feito doações e empréstimos até o limite de sua possibilidade. Em tempos de grande tensão, o Senhor tocou homens e mulheres, tanto na Oceania quanto na América, para que confirmassem sua mordomia adiantando recursos para auxiliar o estabelecimento de instituições que ali estavam sendo construídas. Aqueles que têm vindo em auxílio do Senhor dessa maneira estão depositando tesouros junto ao trono de Deus. MPC 143 3 A despeito da escassez de meios, muito se conseguiu por intermédio de obreiros na Oceania. Severas batalhas foram travadas. Nada, a não ser o divino poder operador de milagres, realiza a obra que está sendo feita. Vimos o Seu poder, ao avançarmos de um ponto a outro; e nós O louvamos com o coração, a alma e a voz. Ah, como valorizamos a longanimidade de nosso Deus, enquanto nos guiava passo a passo! MPC 143 4 A Oceania é um centro divinamente designado, a partir do qual a luz da verdade presente deve se irradiar para muitas terras. Chega até nós, de regiões distantes, o clamor: "Vem e ajuda-nos.". Alguns desses campos não penetrados e não iluminados não se alcançam muito facilmente, e talvez não sejam tão prontos a receber a luz como aqueles diante de nossos olhos, mas não devem ser negligenciados. Devemos promover os triunfos da cruz. Que nosso lema seja: Para a frente, sempre para a frente. Não podemos jamais desistir de nossa responsabilidade para com as "terras de além", até que a Terra inteira seja iluminada com a glória do Senhor (AU Gleaner, 17 de junho de 1903). Melbourne, Austrália MPC 144 1 Devem ser advertidas as pessoas que moram em cidades da Austrália - Nossa terceira reunião campal australiana foi realizada em Armadale, populoso subúrbio de Melbourne, uns cinco quilômetros a sudeste do centro da cidade. Durante o início do ano, os irmãos haviam planejado que a reunião se realizasse em Ballarat, uma cidade de trinta mil habitantes, uns cento e quarenta quilômetros ao norte de Melbourne. Ali há uma fiel igrejinha que necessitava de fortalecimento e, como a Associação Australiana estava com dívidas, parecia desejável realizar a reunião num lugar que fosse menos dispendioso que Melbourne. MPC 144 2 Mas o Senhor tem-me dado luz acerca da obra a ser feita em nossas grandes cidades. As pessoas nas cidades devem ser advertidas e a mensagem deve ir até elas agora. Virá o tempo em que não poderemos trabalhar tão livremente nas grandes cidades; mas, agora, o povo ouvirá a mensagem, e este é o nosso tempo de trabalhar mais energicamente pelas pessoas nos centros populosos. Muitos ouvirão e obedecerão, e levarão a mensagem a outros. MPC 144 3 O interesse que começou a ser despertado pela reunião campal realizada há dois anos em Brighton deve ser levado avante por uma reunião campal em alguma parte de Melbourne a cada ano. Quando nossos irmãos levaram essas coisas em consideração, decidiram que a reunião devia ser realizada em Melbourne e, em sua busca de um terreno, foram levados a localizá-lo em Armadale. O primeiro plano foi realizar a reu-nião em Northcote, o que seria conveniente para nossos irmãos e irmãs. O Senhor, porém, obstruiu o caminho em Northcote, e os levou a um local apropriado para os densamente povoados subúrbios onde a mensagem nunca havia sido dada. MPC 144 4 Durante a reunião, tivemos abundante evidência de que o Senhor guiara tanto no local quanto no programa da reunião. Abriu-se um novo campo, e parece ser um campo estimulante. As pessoas não se aglomeraram por curiosidade, como em nossa primeira reunião em Brighton e como em Ashfield, no ano passado. A maioria veio diretamente para a grande tenda da reunião, e ouviu atentamente a palavra; e quando a reunião se encerrou, voltaram em silêncio aos seus lares ou se reuniram em grupos para fazer perguntas ou discutir o que tinham ouvido (RH, 7 de janeiro de 1896). MPC 145 1 Necessita-se de sanatórios perto de cada cidade grande - Por longo tempo, o sanatório de Battle Creek foi a única instituição médica dirigida por nosso povo. Mas por muitos anos tem sido provida luz de que hospitais devem ser estabelecidos perto de toda cidade grande. Devem-se estabelecer hospitais próximos de cidades como Melbourne e Adelaide. E quando surgirem oportunidades para estabelecer a obra em outros lugares ainda, jamais devemos estender a mão e dizer: Não, 176 vocês não devem ter interesse em outros lugares - por medo de que nossa clientela diminua (Carta 233, 1905; MS, p. 326). Sydney, Austrália MPC 145 2 O trabalho nas cidades resultará na salvação de muitas pessoas - Há uma obra a fazer em todo o mundo, e à medida que nos aproximarmos do tempo do fim, o Senhor impressionará muitas mentes a se empenharem nessa obra. Se [Dr. Daniel H. Kress] você for capaz de usar sua influência em pôr em andamento a obra que necessita ser feita em Sydney, serão salvas muitas pessoas que nunca ouviram a verdade. É preciso trabalhar as cidades. O poder salvador de Deus deverá se propagar por meio delas como de uma lâmpada irradiando luz (Carta 79, 1905; Ev, p. 425). MPC 145 3 Necessita-se de administradores experientes para guiar e unificar os esforços evangelísticos - Há agora uma obra mais decidida a ser feita em Sydney e suas vizinhanças. Todos os subúrbios se acham em melhores condições para serem trabalhados do que em qualquer época anterior, e as vantagens agora apresentadas para a obra médico-missionária requerem que se ponha mais ponderação e mais conhecimento na administração da obra. [...] MPC 145 4 Muitos ramos procederão da matriz agora fundada em Sydney, e cada ramo da obra necessita de dirigentes experimentados, de modo que cada parte se una a outra parte, formando um todo harmônico (Carta 63a, 1898; Ev, p. 425). MPC 145 5 Por que os eventos esportivos produzem mais vibração que as promessas de Deus? - O mundo está cheio de atrativos. Os homens agem como se estivessem loucos por coisas imorais e vulgares, que não satisfazem. Como os vi agitados por causa do resultado de uma partida de críquete! Vi as ruas de Sydney, por vários quarteirões, totalmente cheias. Ao perguntar o motivo da agitação, foi-me dito que um perito jogador de críquete ganhara a partida. Fiquei triste. MPC 145 6 Por que não são os escolhidos de Deus mais entusiastas? Estão lutando por uma coroa imortal, por uma pátria em que não haverá necessidade de luz do Sol ou de Lua, ou de qualquer lâmpada, pois o Senhor Deus lhes proporciona luz, e eles reinarão para todo o sempre. Sua vida correrá paralela à existência de Deus, mas a candeia dos ímpios irá se extinguir em vergonhosa escuridão, e então os justos resplandecerão como o Sol no reino de seu Pai (Special Testimonies for Ministers and Workers, Série A, n° 5, p. 12 [1896]; CPPE, p. 343, 344). Inglaterra MPC 146 1 A obra na Inglaterra não deve ser negligenciada em favor da obra em outros lugares - Parece-me que a necessidade da obra na Inglaterra é importantíssima questão para nós, neste país. Falamos na China e em outras nações. Não esqueçamos os países de língua inglesa nos quais, caso fosse apresentada a verdade, muitos a receberiam e colocariam em prática (GCB, 22 de abril de 1901, p. 396; Ev, p. 415). MPC 146 2 A Inglaterra tem sido muito negligenciada - Uma grande obra deve ser feita na Inglaterra. A luz irradiada de Londres deve alcançar as regiões mais distantes em raios límpidos, claros. Deus tem atuado na Inglaterra, porém, esse mundo de língua inglesa tem sido terrivelmente negligenciado. A Inglaterra necessita de mais obreiros e recursos. Londres mal tem sido lembrada. Meu coração se comove profundamente ao ser-me apresentada a situação naquela grande cidade. [...] Só na cidade de Londres deveriam estar empenhadas pelo menos cem pessoas. O Senhor observa a negligência de Sua obra, e haverá futuramente sérias contas a ajustar. MPC 146 3 Se os obreiros na América do Norte compartilharem suas muitas bênçãos, verão a prosperidade na Inglaterra. Irão se compadecer dos obreiros que ali estão lutando com dificuldades, e chegarão a dizer, não apenas em palavras, mas pelas ações: "Todos vós sois irmãos" (Mt 23:8). Verão uma grande obra sendo realizada em Londres, em outras cidades da Inglaterra e em diferentes países europeus (T6, p. 25, 26 [1900]). Londres MPC 146 4 Uma grande obra a ser realizada em Londres - Londres tem-me sido apresentada constantemente como um lugar no qual se deve realizar uma grande obra, e tenho procurado apresentar isso diante do nosso povo. Passei dois anos na Europa, andando pelo campo três vezes. A cada vez que fui, vi melhoramentos na obra e, da última vez, manifestou-se um decidido avanço. E um ardente desejo me encheu o coração, de ver esse grande campo, Londres especialmente, trabalhado como deveria ser. MPC 147 1 Por que não foram enviados obreiros para lá, homens e mulheres que podiam ter planejado o avanço da obra? Tenho me perguntado por que nosso povo - aqueles que não são ministros ordenados, mas têm ligação com Deus, que entendem as Escrituras - não abre a Palavra de Deus aos outros. Caso se envolvessem nessa obra, grande bênção viria a seu coração. Deus deseja que Seu povo trabalhe. A cada homem - e isso significa a cada mulher, também - Ele deu a Sua obra, e essa obra deve cada um executar de acordo com suas várias aptidões (GCB, 22 de abril de 1901, p. 396; FD, p. 105). MPC 147 2 Necessário exército de obreiros para evangelizar Londres - Não julgue ninguém que a obra em Londres pode ser levada avante por um ou dois. Isso não é uma ideia justa. Ao mesmo tempo que precisa haver os que superintendem o trabalho, importa que haja um exército de obreiros se esforçando por atingir as várias classes sociais. MPC 147 3 É preciso trabalho de casa em casa. Essa obra realizamos na Austrália, e vimos a salvação de Deus à medida que a obra era levada avante (GCB, 22 de abril de 1901, p. 396, 397). MPC 147 4 Nada de covardia; a obra do senhor exige pressa - Há necessidade de zelo na igreja, e de sabedoria para dirigir esse zelo. Seu trabalho [E. J. Waggoner] de salvação de pessoas tem sido muito inexpressivo. Se você quer ver uma obra feita em Londres e cidades adjacentes, precisa força unida, irresistível; leve o combate às portas, e firme a bandeira, como quem pretende que a verdade triunfe. As atitudes retraídas, cautelosas, têm sido destituídas de fé; pouca expectativa tem havido de resultados. [...] MPC 147 5 O fato de as coisas caminharem lentamente na Inglaterra não é razão para a grande obra missionária se mover devagar para ir ao encontro dos hábitos e costumes dos homens, por temor de surpreender o povo. Eles precisam ficar muito mais surpreendidos do que têm ficado até aqui. O negócio do Senhor exige urgência; pessoas estão perecendo sem o conhecimento da verdade (Carta 31, 1892; MR3, p. 13, 14; Ev, p. 414, 415). Alemanha MPC 147 6 Necessidade de restaurantes vegetarianos e sanatórios - Em países estrangeiros, muitos empreendimentos que exigem meios têm ainda de ser iniciados e levados avante. A abertura de restaurantes vegetarianos e a fundação de hospitais para o cuidado de doentes e sofredores são tão necessárias na Alemanha como na América do Norte. Façam todos o máximo que lhes for possível, gloriando-se no Senhor, e beneficiando outros por suas boas obras ( Carta 121 , 1902; Ev, p. 413). MPC 148 1 Emigrantes alemães convocados a manter a escola na Alemanha - Meus irmãos e irmãs alemães na América, esta mensagem me foi dada para vocês: Deus tem Seus fiéis na Alemanha e em todos os outros países por onde os alemães se espalharam. Considerem todo o bem que poderiam fazer, quantas pessoas poderiam ajudar, vendendo a edição alemã do Parábolas de Jesus, fazendo tudo o que podem mediante seus esforços e seus recursos para participar dos custos com o estabelecimento e avanço da obra educacional na Alemanha (Carta 121, 1902; PM, p. 367). Escandinávia MPC 148 2 É necessário apoio externo, mas os membros locais devem fazer o máximo - Apelo de modo especial a nossos irmãos na Escandinávia. Não estão dispostos a assumir a tarefa que Deus lhes entregou? Não trabalharão até o máximo de sua capacidade para aliviar as instituições comprometidas dessa região? Não olhem com desespero, dizendo: "Nada podemos fazer." Chega de falar em desânimo. Apeguem-se ao braço do Poder Infinito. Lembrem-se de que os irmãos em outras terras estão se unindo para ajudar. Não se omitam nem desanimem. O Senhor sustentará Seus obreiros na Escandinávia, se assumirem sua parte com fé, oração e esperança, tudo fazendo para promover Sua causa e apressar Sua volta. MPC 148 3 Seja feito na Inglaterra por parte de nosso povo o mais fervoroso esforço, a fim de inspirar com fé e coragem os irmãos da Escandinávia. Irmãos, precisamos corresponder ao chamado e colaborar com o Senhor juntamente com os valorosos. MPC 148 4 Lembremo-nos de que quanto mais nos aproximamos do tempo da vinda de Cristo, mais fervorosa e firmemente devemos trabalhar, pois temos a oposição de toda a sinagoga de Satanás. Não precisamos de exaltação, mas daquela coragem que nasce da fé genuína (T6, p. 474, 475 [1900]). MPC 148 5 Chegou o tempo de ampliar a obra na Escandinávia - Há uma obra a ser feita na Escandinávia. Deus está tão disposto a atuar por meio dos crentes escandinavos quanto pelos norte-americanos. MPC 148 6 Irmãos, apeguem-se ao Senhor Deus dos exércitos. Seja Ele alvo de seu temor e respeito. Chegou o tempo de Sua obra ser ampliada. Tempos trabalhosos estão perante nós, mas se nos mantivermos unidos por meio de laços cristãos, sem que ninguém lute pela supremacia, Deus agirá poderosamente em nosso favor (T8, p. 38 [1904]). MPC 149 1 Há mais oportunidades que obreiros para empreender o trabalho - Até agora, houve pouco trabalho na Suécia, e o som da verdade alcançou poucos ouvidos; contudo, é bom o campo, e devem-se fazer esforços determinados e perseverantes para estender o conhecimento da verdade. Chegam da Noruega, Dinamarca e Suécia pedidos para a realização de reuniões nas grandes cidades, nas quais já houve algumas. Olhamos para essas cidades com pesar, por não termos mais missionários para lhes enviar. Os poucos que receberam a mensagem em diferen-tes lugares são deixados quase sem auxílio, quando deviam ser visitados com frequência e instruídos para se tornarem obreiros. As oportunidades são muitas, mas onde estão os trabalhadores? MPC 149 2 Na Suécia, a maior parte de nossos irmãos é pobre e, ao olharem para as aparências, parece-lhes impossível fazer tanto para manter e ampliar o trabalho. Contudo, nos primeiros tempos da causa na América, dificuldades semelhantes precisaram ser enfrentadas (RH, 5 de outubro de 1886). MPC 149 3 Países da Escandinávia são promissores campos de trabalho - A condição de algumas dessas igrejas me foi apresentada em anos anteriores, com muitas coisas mostrando que Dinamarca, Noruega e Suécia eram promissores campos para o trabalho. Sabíamos que uma grande obra se apresentava diante dos missionários nesse campo (HS, p. 174 [1886]). MPC 149 4 O caráter da obra julgado pela maneira como é apresentada ao público - Em Õrebro [Suécia], da mesma maneira que em Copenhague [Dinamarca], estou convencida de que poderíamos ter tido um bom público, caso nossos irmãos tivessem adquirido um salão apropriado para acomodar o povo. Eles, porém, não esperavam muito e, portanto, não receberam muito. Não podemos esperar que o povo vá ouvir verdade impopular, quando é anunciado que as reuniões serão realizadas em uma espécie de porão, ou numa pequena sala com acomodação apenas para uma centena de pessoas. O caráter e a importância de nossa obra são julgados pelos esforços feitos para apresentá-la ao público. Quando esses esforços são tão limitados, dá-se a impressão de que a mensagem que apresentamos não é digna de atenção. Assim, por sua falta de fé, nossos obreiros tornam por vezes o trabalho bem difícil para eles (HS, p. 200 [1886]; Ev, p. 422). MPC 149 5 Uma religião popular e fácil - Dizem que as pessoas desses países terão prazer em nossos sermões se nos demorarmos no amor de Jesus. Disso eles nunca se cansam, mas corremos o perigo de perder nossas congregações se nos detivermos nas questões mais sérias do dever e da lei de Deus. Existe uma prática ilegítima que prevalece por toda parte. Muitos dizem continuamente: "Tudo o que precisamos fazer é crer em Cristo." Alegam que a fé é tudo de que necessitamos. Em seu sentido pleno, isso é verdade, mas eles não o tomam em seu sentido pleno. Crer em Jesus é recebê-Lo como nosso redentor e nosso modelo. Se nEle habitamos e Ele em nós habita, somos participantes de Sua natureza divina e praticantes de Sua palavra. O amor de Jesus no coração levará à obediência a todos os Seus mandamentos. Mas o amor que não vai além dos lábios é uma ilusão; não salvará pessoa alguma. Muitos rejeitam as verdades da Bíblia, enquanto professam grande amor por Jesus; mas o apóstolo João declarou: "Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade" (1Jo 2:4). Enquanto Jesus fez tudo no sentido do mérito, nós temos algo a fazer no sentido de cumprir as condições. "Se Me amais", disse o Salvador, "guardareis os Meus mandamentos" (Jo 14:15) (HS, p. 188, 189 [1886]). Copenhague, Dinamarca MPC 150 1 Pessoas honestas, apesar da sociedade secular que as rodeia -Copenhague parece Atenas nos dias de Paulo. A busca da riqueza e do prazer ocupa a atenção do povo. O ateísmo é popular. Comer e beber, dançar e se divertir são os assuntos do pensamento e da conversação. Há muitas igrejas grandes e bonitas, mas as pessoas, como alguns dos atenienses, cultuam um Deus desconhecido. Não faltam doutores em Divindade [Teologia], pregadores instruídos, mas eles ignoram a religião bíblica. [...] MPC 150 2 Parece algo difícil despertar interesse em coisas religiosas nessas grandes cidades; mesmo assim, existem nelas muitas pessoas honestas que ainda aceitarão a luz e refletirão seus raios a outros. Copenhague está enviando missionários para converter os pagãos em terras distantes, quando há multidões do próprio povo que na verdade são igualmente ignorantes acerca de Deus e Sua Palavra. Necessita-se de pessoas com o espírito de Paulo, para pregar a Cristo, e Este crucificado (HS, p. 185 [1886]). A Obra Em Outras Terras MPC 150 3 Milhões na África e Ásia ainda precisam ouvir o evangelho - Na África, na China e na Índia existem milhares, sim, milhões que jamais ouviram a mensagem da verdade para este tempo. Precisam ser advertidos. As ilhas estão esperando pelo conhecimento de Deus. Nessas ilhas devem ser estabelecidas escolas, a fim de preparar alunos para cursos de nível mais elevado, onde possam receber preparo e voltar para suas terras de origem, a fim de repartir com outros a luz que receberam (T9, p. 51 [1909]). MPC 151 1 O mundo todo tem direito à misericórdia de Deus, assim como nós - O mundo todo está se abrindo para o evangelho. A Etiópia está estendendo as mãos a Deus. Do Japão, China e Índia, das terras ainda obscuras do nosso continente, de toda parte deste nosso mundo, vem o clamor de corações feridos em seu anelo pelo conhecimento do Deus de amor. Milhões e milhões jamais sequer ouviram falar em Deus ou Seu amor revelado em Cristo. Eles têm direito de receber esse conhecimento. Assim como nós, têm eles também direito à misericórdia do Salvador. Recai sobre nós, os que recebemos esse conhecimento, e sobre nossos filhos, a quem o podemos comunicar, atender ao seu clamor (Ed, p. 262, 263 [1903]). MPC 151 2 Apesar dos desafios e dificuldades, o mundo ainda deve ser advertido - Há em cada cidade e em cada subúrbio uma obra a ser feita quanto a apresentar a última mensagem de misericórdia a um mundo caído. E enquanto buscamos trabalhar esses campos necessitados, chega o clamor de terras distantes: "Passa e ajuda-nos." Essas não são tão facilmente alcançadas, e talvez não estejam tão prontas para a ceifa, como os campos diante dos nossos olhos, mas não podem ser negligenciadas. Desejamos promover os triunfos da cruz. Nosso lema deve ser: "Para a frente, sempre para a frente!" Não podemos jamais desistir de nossa responsabilidade para com as "terras de além", até que a Terra inteira seja iluminada com a glória do Senhor (AUCR, 1° de janeiro de 1900; LS, p. 375). ------------------------Capítulo 12 -- Estudo De Caso Evangelização De San Francisco E Oakland MPC 152 1 Em 1872, Tiago e Ellen White visitaram a Califórnia pela primeira vez. A preocupação de Ellen White com as pessoas que moravam em San Francisco e Oakland tornou-se evidente nos anos que se seguiram. Em 1900, ela retornou da Austrália para os Estados Unidos. Pouco depois de sua chegada, adquiriu uma casa no norte da Califórnia, à qual deu o nome de "Elmshaven". A partir de então, até sua morte em 1915, Ellen White escreveu muitos conselhos sobre muitos assuntos, mas sentia uma responsabilidade especial por evangelizar as cidades. Entre as cidades sobre as quais escreveu, havia duas na Área da Baía do norte da Califórnia: San Francisco e Oakland. O que vem a seguir é uma parte de seus conselhos sobre a evangelização dessas duas cidades. MPC 152 2 San Francisco e Oakland não foram destacadas por serem mais importantes que outras grandes cidades ao redor do mundo. Antes, a breve análise desse caso apresentada aqui tem o objetivo de ilustrar a preocupação de Ellen White quanto a evangelizar as cidades, bem como dar uma amostra de seus conselhos para trabalhar especificamente nessas duas cidades. Nem tudo o que ela escreveu sobre as duas cidades está incluído neste capítulo, mas os tópicos são suficientes para demonstrar a vasta extensão da tarefa e do envolvimento total da igreja que ela exigiu, na mobilização para evangelizar uma cidade grande. Os pricípios encontrados neste estudo de caso podem ajudar a guiar a todos os que se envolvem no evangelismo urbano em qualquer parte do mundo, no sentido de planejarem seu trabalho com cuida-do, oração e abrangência. Necessidade De Reavivamento Espiritual Dos Membros Individuais MPC 152 3 Os membros da igreja necessitam de conversão genuína e interesse pelas pessoas - Encontrei os membros das igrejas de Oakland e San Francisco na grande tenda em San Francisco. [...] Senti a responsabilidade do testemunho e a grande necessidade de perseverante esforço pessoal da parte dessas igrejas para levar a outros o conhecimento da verdade. Foi-me mostrado que San Francisco e Oakland eram e sempre seriam campos missionários. Seu aumento de número seria vagaroso, mas se todos nessas igrejas fossem membros ativos e fizessem o que pudessem para levar a luz a outros, muitos mais seriam trazidos às fileiras e obedeceriam à verdade. Os que hoje creem na verdade não estavam interessados como deviam na salvação de outros. Sua inatividade e preguiça na causa de Deus os levariam a se afastar de Deus, e por seu exemplo prejudicariam outros a seguir avante. O esforço altruísta, perseverante e ativo propiciaria os melhores resultados. Tentei impressioná-los com aquilo que o Senhor me havia apresentado. Ele desejava que a verdade fosse apresentada a outros por obreiros zelosos e ativos, não por aqueles que meramente professavam nela crer. Não deviam apresentar a verdade meramente em palavras, mas por uma vida prudente, sendo vivos representantes da verdade. MPC 153 1 Foi-me mostrado que aqueles que compunham essas igrejas deviam ser estudantes da Bíblia, analisando a vontade de Deus com muito zelo a fim de que pudessem aprender a ser obreiros na causa de Deus. Deviam semear as sementes da verdade onde quer que estivessem, em casa, na oficina, no mercado, bem como na casa de reuniões. Para que se tornassem familiarizados com a Bíblia, deviam lê-la cuidadosamente e com oração. [...] MPC 153 2 Confiando na bênção de Deus, o cristão está seguro em qualquer parte. Na cidade, ele não será corrompido. Na sala do tribunal, será destacado por seus hábitos de estrita integridade. Na oficina mecânica, todo seu trabalho será feito com fidelidade, visando unicamente à glória de Deus. Quando essa conduta for seguida individualmente por seus membros, a igreja terá êxito. A prosperidade nunca acompanhará essas igrejas a menos que os membros individuais estejam intimamente ligados com Deus, tendo interesse altruísta na salvação de seus semelhantes. Os pastores podem pregar sermões aprazíveis e convincentes, e fazer muito esforço para edificar a igreja e fazê-la prosperar; mas, a menos que seus membros façam individualmente sua parte como servos de Jesus Cristo, a igreja estará sempre em trevas e sem forças. [...] MPC 153 3 Alguns nessas igrejas estão em constante perigo por causa dos cuidados desta vida, e pensamentos mundanos tanto ocupam sua mente que não podem pensar em Deus ou no Céu, nem nas necessidades do próprio ser. Eles despertam de seu estupor de vez em quando, mas voltam a cair em profundo sono. A menos que se despertem plenamente de seus cochilos, Deus retirará a luz e as bênçãos que lhes têm concedido (T4, p. 284-286 [1879]). MPC 153 4 Eliminar todo pecado que impeça a cooperação com Deus - Quando um esforço especial para ganhar pessoas for feito pelos obreiros de experiência, em certa comunidade onde nosso povo mora, repousará sobre cada cristão, em tal campo, uma soleníssima obrigação de fazer tudo quanto for possível para limpar a estrada do Rei, eliminando qualquer pecado que possa impedir a cooperação com Deus e com seus irmãos. MPC 154 1 Isso nem sempre tem sido compreendido plenamente. Satanás muitas vezes tem introduzido um espírito que impossibilita os membros da igreja de discernir oportunidades para o serviço. Com frequência, os cristãos têm permitido que o inimigo atue por meio deles quando deveriam haver estado completamente consagrados a Deus e ao avanço de Sua obra. Inconscientemente têm se desviado para longe do caminho da justiça. Alimentando espírito de crítica e censura, farisaica piedade e orgulho, afastaram de si o Espírito de Deus, retardando grandemente a obra dos mensageiros divinos (RH, 6 de dezembro de 1906). MPC 154 2 É necessária a reconversão, antes de partilhar a verdade bíblica com os outros - Noite após noite, não consigo dormir mais do que umas poucas horas; e com frequência, nas horas da noite, acho-me sentada na cama, orando a Deus em favor daqueles que não se dão conta de sua condição espiritual; então, eu me levanto e ando pelo quarto, dizendo: Ó Senhor, põe Teu povo em ordem, antes que seja tarde demais para a eternidade! MPC 154 3 Por vezes, durante esses períodos de intercessão, quando sinto o grande peso dessa responsabilidade, meu coração se agita com profundo anseio, as lágrimas me brotam dos olhos, e aperto firme uma mão na outra perante Deus, porque sei que há pessoas em perigo nas igrejas de Oakland e lugares próximos - pessoas que, na sua condição mental, não têm conhecimento maior de sua posição diante de Deus do que teriam se nunca tivessem professado uma religião. [...] MPC 154 4 Precisamos desejar, de todo o coração, uma reconversão completa, a fim de que a verdade seja estabelecida no coração e na mente e que, pela assistência do Espírito Santo, estejamos preparados para apresentar a mensagem do terceiro anjo diante dos outros que tanto necessitam dela (RH, 13 de dezembro de 1906). Buscar A Guia De Deus Durante O Planejamento MPC 154 5 Consultar a Deus com humildade e oração, do início ao fim - Se neste tempo oportuno os membros da igreja se chegarem humildemente à presença de Deus, afastando do coração todo mal, e consultando-O a cada passo, Ele Se lhes manifestará, e lhes dará ânimo nEle. Temos que estar prontos para usar na obra do Senhor a capacidade que Ele nos confiou, prontos para proferir palavras a tempo e fora de tempo - palavras que ajudem e abençoem. MPC 155 1 E, cumprindo os membros da igreja fielmente sua parte, o Senhor dirigirá e guiará Seus ministros escolhidos, e os fortalecerá para sua importante obra. Com muita oração, vamos todos nos unir para segurar-lhes as mãos, e para receber os brilhantes raios de luz do santuário celestial. Temos o coração sedento por ver a obra avançando como deveria. Cristo é nosso alfa e nosso ômega. Somente em Sua força podemos obter sucesso (RH, 20 de dezembro de 1906). Minucioso Estudo Da Bíblia Por Parte Dos Membros Da Igreja MPC 155 2 O estudo da Bíblia substitui leituras imprestáveis - Precisamos tirar novas provisões diárias do grande abastecimento da Palavra de Deus. Isso não dará tempo para a leitura de romances, ou para qualquer outra coisa que não edifique nem fortaleça para toda boa obra (RH, 4 de outubro de 1906; FF, p. 325). Envolvimento De Todos MPC 155 3 Jovens e idosos devem participar - Os mais dedicados esforços devem ser feitos para levar os membros mais idosos e mais jovens de nossas igrejas a assumir a obra onde eles se encontram (Manuscrito 3, 1901; MR17, p. 47). MPC 155 4 Lembrete aos ministros sobre seu chamado - Não faremos tudo ao nosso alcance para levar adiante a obra em San Francisco e Oakland, e em todas as outras cidades da Califórnia? Milhares e milhares que moram nas cidades bem perto de nós necessitam vários tipos de auxílio. Que os ministros do evangelho se lembrem de que o Senhor Jesus Cristo disse a Seus discípulos: "Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte" (Mt 5:14). "Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor?" (Mt 5: 13) (Manuscrito 81, 1902; The Kress Collection, p. 139). Os Preparativos São Importantes MPC 155 5 Os preparativos são essenciais antes que se inicie a obra evangelística - O pastor [William Ward Simpson] mandou armar em Oakland a tenda grande, destinada às reuniões campais. Durante os preparativos, ele estava a postos para dirigir, e trabalhou arduamente, a fim de ficarem os arredores tão atraentes quanto possível (Carta 352, 1906; Ev, p. 76). Recomenda-Se Um Programa Evangelístico Multifacetado MPC 156 1 Diferentes avenidas missionárias usadas - Durante os últimos poucos anos, a "colmeia" em San Francisco tem sido sem dúvida uma colmeia muito ocupada. Muitos setores do trabalho cristão têm sido desenvolvidos. [...] Neles se incluem a visitação aos enfermos e desamparados, fundação de lares para órfãos e a obra em favor dos desempregados, o cuidado dos doentes, o ensinamento da verdade de casa em casa, distribuição de literatura e [...] classes sobre vida saudável e o cuidado dos enfermos. Uma escola para crianças é dirigida no porão da casa de culto da Laguna Street. Durante algum tempo foi mantido um lar para trabalhadores e uma missão médica. Na Market Street, próximo ao teatro municipal, havia salas de tratamento que funcionavam como sucursais do Sanatório St. Helena. No mesmo local, havia um armazém de alimentos saudáveis. Perto do centro da cidade, próximo do edifício Call1, era [...] um restaurante vegetariano, o qual funcionava seis dias na semana e ficava inteiramente fechado aos sábados. Ao longo do ancoradouro era realizado trabalho missionário a bordo. Em várias oportunidades, nossos pastores dirigiram reuniões em grandes salões na cidade. Assim a mensagem de advertência foi dada a muitos (RH, 5 de julho de 1906; BS, p. 112). MPC 156 2 Maximizar a eficiência mediante a expansão de esforços - Foi aberto em San Francisco um restaurante vegetariano; também uma loja de produtos naturais e salas de tratamento. Estão fazendo um bom trabalho, mas sua influência deve ser expandida. Outros restaurantes similares ao de Market Street devem ser abertos em San Francisco e Oakland (T7, p. 110 [1902]). Restaurantes Vegetarianos MPC 156 3 Os restaurantes devem ensinar princípios de saúde - Se mais [...] restaurantes fossem estabelecidos em San Francisco, que bênção seria! Mediante a demonstração prática de como preparar alimento saudável e saboroso sem o uso da carne, muitos aprenderiam valiosas lições. Passariam a conhecer princípios de saúde (Manuscrito 1, 1901; MR17, p. 42, 43). MPC 156 4 O sábado deve ser exaltado nos restaurantes - Alguém fez a pergunta: "Deverão nossos restaurantes funcionar aos sábados?" Minha resposta é: Absolutamente, não! A observância do sábado é o nosso testemunho em favor de Deus - a marca, o sinal, entre Ele e nós de que somos Seu povo. Essa marca nunca deverá ser apagada. [...] MPC 157 1 Devemos atender a um "assim diz o Senhor", muito embora pela nossa obediência causemos certa inconveniência aos que não manifestam respeito pelo sábado. Por um lado, temos as supostas necessidades do ser humano; por outro, os mandamentos de Deus. Qual merece mais consideração? (T7, p. 121, 122 [1902]). MPC 157 2 Necessário trabalho de casa em casa para acompanhar reuniões públicas - O plano é que o Pastor W W Simpson inicie uma série de reuniões em Oakland dentro de poucas semanas. A ele deve estar associada uma forte equipe de obreiros para o trabalho de casa em casa. Leituras bíblicas 2 devem ser feitas nos lares das pessoas, e nossa literatura deve circular (RH, 4 de outubro de 1906). Preparo De Obreiros MPC 157 3 Obreiros preparados para fazer evangelismo pessoal - O pastor Haskell e esposa [Stephen e Hetty] estavam dando instruções bíblicas [classes] nas manhãs, e à tarde os obreiros em treinamento saíam e faziam visitas de casa em casa. Essas visitas missionárias e a venda de muitos livros e revistas abriram o caminho para dar estudos bíblicos. [...] MPC 157 4 Por causa da importância desse trabalho, eu insisti que Haskell e sua esposa, como ministros de Deus, dessem instruções bíblicas para aqueles que se oferecem para o trabalho. Deus usará pessoas humildes. Ele fará de cada um que é consagrado um cristão que traz consigo uma luz. A pessoa mais eloquente no discurso, os que são especialistas em Teologia, não são sempre os mais bem-sucedidos, mas são aqueles que irão trabalhar com dedicação e humildade para o Mestre (RH, 29 de novembro de 1906; parte em Ev, p. 470). Métodos Evangelísticos Criativos MPC 157 5 Uso de métodos evangelísticos criativos e inovadores - O estilo de trabalho do pastor [William Ward] Simpson me faz lembrar dos esforços feitos em 1843 e 1844. Ele não dá destaque às próprias palavras, mas lê muito a Bíblia, explicando um texto após outro. Detém-se principalmente nas profecias de Daniel e Apocalipse, e usa muitas ilus-trações e símbolos apropriados para incutir a verdade. Para representar as bestas de Daniel e Apocalipse, ele preparou imagens em tamanho real em papel machê. MPC 158 1 O pastor Simpson se esforça para evitar entrar em controvérsia com oponentes. Apresenta a Bíblia de modo tão claro, que qualquer pessoa que dele discordar o fará, evidentemente, em oposição à Palavra de Deus (RH, 7 de fevereiro de 1907). MPC 158 2 Muitos oradores é melhor do que apenas um - Em nossas reuniões campais devemos ter oradores que possam produzir boa impressão no povo. A capacidade de um homem, por mais inteligente que ele possa ser, é insuficiente para atender à necessidade. Uma variedade de talentos deve ser usada nessas reuniões (Manuscrito 104, 1902; Ev, p. 70). MPC 158 3 Múltiplas reuniões públicas realizadas simultaneamente - As reuniões campais devem ser multiplicadas. Deve-se entrar em um lugar após outro. Os interessados podem ser divididos, realizando-se reuniões em mais de um lugar ao mesmo tempo, se nossos homens capazes não ficarem rondando pelas cidades exatamente no momento em que poderiam alcançar muitas pessoas em reuniões nas tendas grandes (Manuscrito 104, 1902; MR17, p. 52). Apresentar A Verdade Bíblica MPC 158 4 Verdade apresentada com clareza e simplicidade - O irmão S [William Ward Simpson] é um evangelista inteligente. Fala com a simplicidade de uma criança. Nunca introduz nenhuma superficialidade em seu sermão. Prega diretamente da Palavra, fazendo com que ela fale a todas as classes. Seus argumentos convincentes são as palavras do Antigo e do Novo Testamentos. Não busca palavras que meramente impressionem as pessoas com sua erudição, mas se esforça para deixar que a Palavra de Deus lhes fale diretamente com expressões claras e distintas. Para que alguém recuse aceitar a mensagem, tem que recusar a Palavra (Carta 326, 1906; Ev, p. 204). Acompanhamento Necessário MPC 158 5 O trabalho de casa em casa deve suceder as reuniões públicas - Há muito trabalho a ser feito de casa em casa por fiéis obreiros. Nossos esforços não devem cessar por terem sido interrompidas por algum tempo as reuniões públicas. Enquanto houver pessoas interessadas, precisamos dar-lhes oportunidade de aprender a verdade. E os novos conversos precisam ser instruídos por fiéis instrutores da Palavra de Deus, para que cresçam no conhecimento e no amor da verdade, e se desenvolvam até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus. Eles devem ser agora cercados pelas influências mais favoráveis para o crescimento espiritual (RH, 14 de fevereiro de 1907; parte em Ev, p. 337). Existem Os Críticos E Oponentes MPC 159 1 Haverá oposição, até mesmo de membros da igreja - Duas noites antes de deixar minha casa, fui encarregada, durante as visões da noite, de dizer à congregação a ser visitada em Oakland no sábado, que as palavras maldosas, provenientes de seus lábios acerca de supostas faltas dos servos de Deus que estão fazendo o melhor possível para disseminar a verdade e promover Sua obra, estão todas escritas nos livros de registro celestiais. A menos que se arrependam os que dizem essas palavras, eles se acharão, por fim, fora da cidade de Deus. Deus não permitirá que uma pessoa briguenta entre na cidade celestial (Manuscrito 95, 1906; Sermons and Talks, v. 1, p. 375, 376). ------------------------Epílogo -- Avançar Pela Fé MPC 159 2 Avançar pela fé, vigiando, esperando e orando - Jesus disse: "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que Eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisso é verdadeiro o ditado: um é o que semeia, e outro, o que ceifa. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho" (Jo 4:35-38). Cristo sabia que quando o Espírito Santo fosse derramado sobre os discípulos, seria feita a colheita de Sua semeadura. Milhares se converteriam num só dia. MPC 159 3 Cristo dirige essas palavras a nós, tão verdadeiramente como aos discípulos daquele tempo. O tempo está passando, e o Senhor convida os obreiros em todas as áreas de Sua obra a erguerem os olhos e contemplarem os campos completamente maduros para a ceifa. [...] MPC 159 4 Os obreiros das cidades devem ler cuidadosamente os capítulos 10 e 11 de Hebreus e assimilar suas instruções. O capítulo 11 relata as experiências de personagens fiéis. Os que trabalham para Deus nas cidades devem sair na fé, fazendo seu melhor. À medida que vigiam, trabalham e oram, Deus ouvirá e responderá suas petições. Obterão uma experiência valiosa para seu trabalho. "Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem" (Hb 11:1) (PUR, 23 de outubro de 1902). ------------------------Medicina e Salvação MS III 1 Prefácio da primeira edição MS V 1 Prefácio para a segunda edição MS 7 1 Capítulo 1 -- O poder restaurador e sua fonte MS 19 1 Capítulo 2 -- O plano divino na obra médico-missionária MS 31 1 Capítulo 3 -- O médico cristão e sua obra MS 55 1 Capítulo 4 -- Nosso colégio médico MS 87 1 Capítulo 5 -- Advertência contra o sofisma espiritualista MS 105 1 Capítulo 6 -- Verdadeiro e falso sistema de cura da mente MS 119 1 Capítulo 7 -- Honorários e salários MS 137 1 Capítulo 8 -- Conselhos e advertências MS 163 1 Capítulo 9 -- A administração de sanatórios MS 187 1 Capítulo 10 -- Oportunidades de servir nos hospitais e sanatórios MS 199 1 Capítulo 11 -- A família do sanatório MS 221 1 Capítulo 12 -- A prevenção de enfermidades e sua cura por métodos racionais MS 237 1 Capítulo 13 -- A obra médico-missionária e o ministério evangélico MS 259 1 Capítulo 14 -- Ensinando princípios de saúde MS 273 1 Capítulo 15 -- Regime dietético e saúde MS 291 1 Capítulo 16 -- A saúde do obreiro MS 299 1 Capítulo 17 -- Trabalho médico-missionário nas grandes cidades MS 315 1 Capítulo 18 -- Dimensões da obra ------------------------Prefácio da primeira edição MS III 1 Como preservar a saúde e como desfrutá-la, como evitar enfermidades e como tratá-las, são problemas verdadeiramente vitais e atuantes no mundo médico de hoje. Nunca dantes na história da humanidade têm estas grandes questões recebido mais sério e intensivo estudo científico e ampla publicidade do que se lhes dispensa na hora presente. A ciência médica em todas as suas ramificações tem feito maravilhoso progresso durante esta última metade de século. Seria necessário todo um volume para enumerar e explicar as descobertas, o desenvolvimento e as conquistas que têm sido alcançados neste grande departamento de interesse humano e de bem-estar. O conhecimento que se tem alcançado no exaustivo estudo destes assuntos fundamentais tem sido dado a público em volumes altamente técnicos e científicos, e de modo mais simples em livros, revistas, jornais e em palestras. MS III 2 Este volume, intitulado "Medicina e Salvação", é mais uma valiosa contribuição às necessidades do mundo no domínio do bem-estar físico, mental e espiritual. É único no gênero em seu escopo. Ele reconhece e enaltece o que há de verdadeiramente científico nas causas de no tratamento das enfermidades. Dá forte ênfase à observância de tudo que se relacione com a prevenção de doenças. E mais, a autora deste volume reconhece que o pecado, a transgressão da lei divina, é a causa primária das enfermidades, doenças e morte. MS III 3 Crendo que a transgressão da lei moral conduz ao descaso para com as leis do corpo e da mente, a autora atribui grande importância à obediência à lei moral como uma das primeiras condições para a conquista de uma saúde perfeita. E a obediência à lei moral, insiste-se, só pode ser conseguida mediante a aceitação de Cristo e união com Ele, o Redentor do homem arruinado pela transgressão. Daí que o perfeito remédio para todos os males da família humana é a combinação, apreciação e observância das leis físicas, mentais e espirituais de nosso ser. MS IV 1 É este vasto e todo-abarcante escopo de instrução exposto em "Medicina e Salvação", que o recomenda tão altamente para o público. Não se trata de instrução técnica; ela pode ser compreendida pelo leigo. Os requisitos apresentados para saúde espiritual, mental e física e para felicidade são tão racionais que se pode com eles concordar. A parte que se relaciona com prevenção de enfermidades é de especial valor, pois, como diz velho adágio, prevenir é melhor do que remediar. MS IV 2 A autora deste livro, Sra. Ellen G. White, devotou perto de setenta anos de sua vida ativa, movimentada, ao ministério evangélico. Em sua juventude ela foi inválida. Nos primeiros tempos de sua vida de casada teve que se haver com coração debilitado, com câncer e outras enfermidades. À idade de trinta e seis anos ela experimentou grande despertamento sobre o assunto da temperança no que ela se relacione com a saúde, com a eficiência física e mental, e com a vida cristã. A aplicação rígida do conhecimento alcançado em relação às leis da mente e do corpo trouxe-lhe grande alívio e restauração, e daí em diante, até o fim de seus árduos labores -- um período de aproximadamente cinqüenta anos -- ela foi fervorosa expositora dos princípios de saúde e temperança. MS IV 3 Em 1865 a Sra. Ellen G. White fez um apelo à Igreja Adventista do Sétimo Dia, de que era membro, para que se estabelecesse uma instituição médica em que se desse aos enfermos instrução sobre as leis da saúde. Em resposta, tal instituição foi estabelecida em Battle Creek, Michigan. Este empreendimento alcançou grande sucesso. A instituição cresceu, atingindo grandes proporções, e por cerca de meio século tem sido conhecida como o Sanatório de Battle Creek. Nos anos subseqüentes muitas instituições irmãs similares têm sido estabelecidas em diferentes partes dos Estados Unidos e em muitos outros países do mundo. MS IV 4 Os Depositários dos Escritos de Ellen G. White, tendo encontrado nos arquivos de suas cartas e manuscritos muitos documentos até então não publicados, os quais contêm valiosa instrução para médicos, enfermeiros, dirigentes de hospitais, auxiliares, evangelistas e obreiros cristãos, crêem que este valioso conselho deve ser entregue ao público. É nossa sincera esperança que este volume se prove uma grande bênção para os seus leitores, e por intermédio destes, a uma grande multidão a quem possam ministrar. A. G. Daniells. ------------------------Prefácio para a segunda edição Fundo histórico dos escritos de Ellen G. White sobre saúde MS V 1 A procura contínua dos livros de Ellen G. White exige frequentes reimpressões, e ocasionalmente novas edições. Este volume, publicado inicialmente em 1932, está agora aparecendo em uma segunda edição. Embora o corpo tipográfico e o tamanho da página tenham sido alterados para deixá-lo de conformidade com o tamanho popular, está de acordo com a impressão anterior. Dessa forma, a nova edição continua em harmonia com as referências que se acham no Índice Geral dos Escritos de Ellen G. White. MS V 2 Medicina e Salvação foi o primeiro livro de Ellen G. White, extensamente compilado de fontes não publicadas, a ser impresso em ocasião póstuma. Serviram como orientação nesta obra as instruções da Sra. White dadas à Comissão de Depositários por ela apontada. Em sua autorização à comissão, tomou ela providências "para a impressão de compilações de meus manuscritos". Reconhecia ela que nas mensagens dirigidas a indivíduos e instituições através dos anos, havia conselhos que seriam de utilidade à causa em geral. MS V 3 Medicina e Salvação tem ocupado sua posição junto com outros livros da mesma autora, e trabalhos adicionais sobre o problema da saúde se têm seguido. Uma vez que este é mais um elo na cadeia dos livros dedicados a este importante assunto, parece natural rever a história das várias produções de Ellen G. White, tanto as passadas como as atuais, que têm relação com os princípios da saúde e a obra médica. Isso ajudará o leitor a identificar as várias publicações que estão sendo impressas e as que não o estão, neste campo vital. MS V 4 Em 1848, Ellen G. White recebeu instruções concernentes ao uso do fumo, chá e café, e em 1854 foi comunicada luz sobre a importância da higiene e do uso de alimentos não muito refinados ou muito ricos. Contudo, não foi senão em 1863 que ela teve a primeira visão clara concernente à reforma da saúde. Com relação a isto escreveu ela: "Foi na casa do irmão A. Hilliard, em Otsego, Michigan, no dia 6 de Junho de 1863, que o grande assunto da Reforma da Saúde foi exposto perante mim em visão." -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1867. Em ocasiões posteriores muitos pormenores relativos a este assunto lhe foram apresentados, e essas visões serviram de base para o mais minucioso trabalho escrito relativo à saúde e à conduta da obra de saúde da igreja. Primeiros artigos de E. G. White sobre saúde MS VI 1 A primeira apresentação escrita da Sra. White sobre o assunto da saúde, achava-se em um capítulo de trinta e duas páginas intitulado "Saúde". Isto apareceu em Spiritual Gifts 4:120-151 (1864). Nesse artigo expõe ela de forma resumida os grandes princípios a ela apresentados na visão de 1863. Esse material é acessível hoje no fac-símile reimpresso dos volumes de Spiritual Gifts. MS VI 2 Ao reconhecerem algo da grandiosidade da tarefa de levar 3.500 adventistas do sétimo dia à plena compreensão da mensagem da reforma da saúde, em 1856 Tiago e Ellen White publicaram seis panfletos intitulados "Saúde, ou Como Viver". Cinco desses folhetos continham sessenta e quatro páginas, e um, oitenta. Em cada um havia um artigo da pena de Ellen G. White, circulando com o título: "As Enfermidades e Suas Causas." Junto com o artigo da Sra. White aparecia material extraído dos escritos de médicos e ministros, e artigos preparados especialmente por Tiago White e outros, destinados a esse panfleto. Cada qual se dedicava a um tema fundamental de saúde: Dieta, Casamento e Vida Doméstica, o Uso de Drogas, o Cuidado do Doente e a Higiene, o Cuidado da Criança e as Vestes das Crianças, e o Vestuário Saudável. Em 1899 e 1900, as seis mensagens de Ellen G. White foram publicadas com uma série de artigos na Review and Herald. Em 1958 eles se tornaram disponíveis em Mensagens Escolhidas, livro 2, na forma de um apêndice de sessenta e nove páginas. MS VI 3 Numa área mais especializada de conselhos preliminares sobre saúde, achava-se o artigo intitulado "Um Apelo às Mães". Este foi impresso em 1864 em um panfleto com este título. Em 1870 Tiago White anexou isto como uma contribuição de Ellen G. White ao Solene Apelo Relativo ao Vício Secreto. Grandes porções desse artigo aparecem hoje em Orientação da Criança, na seção intitulada "Preservando a Integridade Moral". Os mesmos conselhos básicos são encontrados em Testimonies, volumes 2 e 5. Temperança cristã e higiene bíblica, 1890 MS VII 1 Um volume intitulado Christian Temperance and Bible Hygiene foi publicado em 1890. A primeira parte, Christian Temperance, foi escrita por Ellen G. White, e a segunda, sobre Bible Hygiene, foi compilada dos escritos de Tiago White. Nas primeiras 162 páginas a Sra. White apresentou princípios básicos de saúde da maneira mais popular e desdobrada. Quinze anos mais tarde isto serviu de base para o livro A Ciência do Bom Viver. Também no todo ou em parte, nove dos dezoito capítulos escritos pela Sra. White no livro de 1890, foram reimpressos em 1923 em Conselhos Sobre Saúde e Fundamentos da Educação Cristã. Os outros capítulos foram colocados um ao lado do outro em A Ciência do Bom Viver. Viver sadio, 1897 MS VII 2 Em 1897, enquanto a Sra. White se achava na Austrália, o Dr. David Paulson, que trabalhava nesse tempo no Sanatório de Battle Creek, reuniu dos escritos da Sra. White sobre tópicos de saúde então acessíveis a ele, um grande número de excertos e parágrafos, ajuntando-os na ordem dos tópicos. Essa coleção, chamada Viver Sadio, apareceu oito anos antes da publicação de A Ciência do Bom Viver. O volume, de 284 páginas, tornou-se um valioso auxílio de ensinamento, e pelo menos três edições foram impressas. Todavia, com o aparecimento de A Ciência do Bom Viver em 1905, a compilação de Paulson não foi mais publicada. A Sra. White apreciou esse volume compilado, mas naturalmente ele não possuía a continuidade que caracterizava os seus livros. A ciência do bom viver, 1905 MS VII 3 Completa apresentação da Sra. White sobre o assunto da saúde encontra-se na Ciência do Bom Viver, um livro de 516 páginas que ela pretendia servisse tanto para leitores adventistas como não adventistas, fosse na América ou além-mar. Ao preparar os seus quarenta e três capítulos ela se baseou grandemente em seus dados encontrados em Christian Temperance and Bible Hygiene, embora ampliasse e reescrevesse o assunto. Até a época da morte da Sra. White em 1915, este era seu único livro disponível sobre saúde. Conselhos sobre saúde, 1923 MS VIII 1 Os princípios básicos do viver sadio foram publicados em A Ciência do Bom Viver. Não obstante, em artigos da Sra. White que haviam aparecido nos periódicos da igreja, em Testimonies for the Church e em certos livros ainda não impressos, havia muitas mensagens suplementares. Estas continham instruções necessárias com relação a princípios de saúde, ao comportamento das instituições dos adventistas do sétimo dia e à promoção da mensagem da saúde. O material foi reunido pelos Depositários White em Conselhos Sobre Saúde, publicado em 1923. Esse volume de 634 páginas, confinado a matéria que havia aparecido na imprensa de uma ou de outra maneira, demonstrou ser de grande utilidade para a igreja e em especial para o pessoal médico. Ministério médico, 1932 MS VIII 2 A promoção da mensagem da saúde foi, durante cinqüenta anos, um assunto da maior importância para Ellen White. Escreveu ela mais no terreno da saúde do que sobre qualquer outro ponto singular de conselho. Muitos de seus documentos manuscritos, dirigidos a médicos, diretores de instituições, enfermeiros e famílias do sanatório abrangem conselhos de vital importância. Cópias destes eram conservadas em pastas. Muitos dos conselhos fornecem orientação à obra médica. Outros, escritos em ocasiões cruciais do desenvolvimento de fases de nossa obra médica, constituem advertências. Alguns eram mensagens escritas para salvar um obreiro que se defrontava com perigo especial. A instrução não se restringe a uma época determinada. MS VIII 3 Este volume, Medicina e Salvação, é primeiramente uma seleção dos conselhos dirigidos ao pessoal médico e a outras pessoas ligadas com as instituições médicas dos adventistas do sétimo dia. Os conselhos foram reunidos e publicados, de maneira que outros possam ser beneficiados por eles. O prefácio foi escrito por A. G. Daniells, por muitos anos presidente da Associação Geral e um dos depositários escolhidos pela Sra. White para cuidar dos seus escritos. Quando o livro foi publicado a primeira vez, o Pastor Daniells era também presidente da mesa do Colégio de Evangelistas Médicos. Conselhos sobre dieta e alimentos, 1938 MS IX 1 Em princípios de 1926 o Dr. H. M. Walton, que nessa ocasiona ensinava nutrição no Colégio de Evangelistas Médicos, coligiu matéria de Ellen G. White de fontes publicadas e não publicadas, relacionada com o assunto de dieta e alimentos. Este material, preparado em colaboração com os Depositários White, foi impresso em Loma Linda para uso escolar em um trabalho de 200 páginas, em duas colunas e encadernado, com o título de Estudos dos Testemunhos Sobre Dieta e Alimentos. O material foi organizado em tópicos para pronta referência. Posteriormente se percebeu o valor de circulação mais ampla desse material entre os adventistas do sétimo dia. Os Depositários White tomaram o material, deixaram fora certos itens que constituíam repetições e o suplementaram com novo material procedente de fontes não publicadas. Acrescentaram também algumas seções, e produziram o que se tem demonstrado ser o volume mais popular, Conselhos Sobre Regime Alimentar, de 500 páginas. Esses conselhos, dispostos em forma de tópicos classificados cuidadosamente no índice, tornaram-se as declarações organizadas do Espírito de Profecia sobre dieta, prontamente disponíveis para estudo. Temperança, 1949 MS IX 2 O volume de 300 páginas, apropriadamente intitulado Temperança, coloca diante da igreja a série de conselhos extraídos de todas as fontes, publicadas ou não, que têm relação com este assunto. Três palestras de Ellen G. White sobre temperança aparecem como Apêndice. Este volume se tornou o livro de texto dos obreiros sobre temperança. O ministério da assistência social, 1952 MS IX 3 A obra assistencial da Igreja Adventista do Sétimo Dia combina a obra da saúde com os atos de urbanidade do serviço cristão. Com suas 350 páginas, Beneficência Social oferece conselhos de Ellen G. White sobre estes importantes aspectos do ministério. Experiências da Sra. White como obreira de assistência social completam este volume. Este é, também, um livro de consultas neste terreno. MS IX 4 Estes cinco livros em circulação, junto com porções de Mensagens Escolhidas, livro 2, apresentam a série completa de conselhos de Ellen G. White sobre o problema da saúde e a conduta de nossa obra de saúde. Conselhos vitais para hoje MS X 1 É interessante notar que já se passou um século desde que a atenção dos adventistas do sétimo dia foi chamada para o assunto da saúde por meio de visões dadas a Ellen G. White. Esses conselhos têm resistido ao mais acurado escrutínio de experimentados cientistas. As descobertas de pesquisadores conservadores dia a dia acrescentam evidências que confirmam a exatidão científica dos conselhos. MS X 2 Quando a Sra. White, pessoa leiga no terreno da ciência médica, com uma cultura bem limitada, começou a relatar suas visões sobre saúde no ano de 1860, era natural que alguns procurassem relacionar suas exposições com os escritos de certos médicos contemporâneos. A insinuação da parte de uns poucos de que as opiniões destes a respeito dela poderiam ter sido a verdadeira inspiração para seus escritos no terreno da saúde, respondeu ela franca e simplesmente, depois de referir-se à visão de 6 de Junho de 1863: MS X 3 "Não li quaisquer obras a respeito de saúde até haver escrito Spiritual Gifts, volumes 3 e 4, 'Apelo às Mães', e ter esboçado a maioria de meus seis artigos nos seis números de 'How to Live'. ... MS X 4 "Quando apresentei o assunto da saúde a amigos onde trabalhei em Michigan, Nova Inglaterra, e no Estado de Nova Iorque, e falei contra drogas e alimentos cárneos, e em favor da água, ar puro e dieta apropriada, respondia-se às vezes: 'A senhora fala muito parecido com as opiniões ensinadas em as Leis da Vida, e outras publicações, escritas pelos Drs. Trall, Jackson e outros. Leu a senhora aquela publicação e aqueles trabalhos?' Minha resposta era que não havia, nem os leria até que tivesse escrito completamente minhas visões, para que não se dissesse que eu recebera minha iluminação sobre o assunto da saúde de médicos, e não do Senhor." -- The Review and Herald, 8 de Outubro de 1867. MS X 5 Novamente, ao referir-se naquele ano aos seus escritos atinentes ao assunto da saúde, afirmou ela: MS X 6 "Minhas visões foram escritas independente de livros ou das opiniões de outros." -- Manuscrito 7, 1867. MS X 7 Certos homens que lideravam em nossas fileiras em 1864 comentaram este assunto em relação com a publicação de seu artigo em "Um Apelo às Mães". Em seguida a sua apresentação de 29 páginas, foi dado certo testemunho médico. Entre o artigo de Ellen G. White e estas declarações de outros escritores, os depositários da Associação de Publicações dos Adventistas do Sétimo Dia inseriram a seguinte nota significativa: MS XI 1 "Consideramos apropriado acrescentar ao precedente, os seguintes testemunhos de homens de elevada posição e autoridade no mundo médico, os quais corroboram as visões apresentadas nas páginas antecedentes. E fazendo justiça à escritora daquelas páginas, devemos dizer que ela nada leu dos autores aí citados, e não leu nenhuma outra obra sobre este assunto antes, para colocar em nossas mãos o que escreveu. Ela não é, por conseguinte, uma copista, muito embora tenha declarado verdades importantes das quais homens que merecem nossa mais elevada confiança, têm dado testemunho. Os Depositários." MS XI 2 Aos que sugeriam que os escritos da Sra. White refletiam conclusões de inovadores médicos contemporâneos, era necessário apenas observar os pronunciamentos em conflito, dos tempos, e perguntar: "Como poderia uma pessoa leiga menos informada daqueles dias saber o que escolher e o que rejeitar?" Poucos dos conceitos populares daqueles dias sobrevivem; não obstante, os conselhos da Sra. White não só continuam hoje, mas são reforçados pelas últimas descobertas em clínicas e laboratórios. Objetivos e condições de prosperidade não mudados MS XI 3 Grandes progressos foram feitos no mundo médico desde a morte de Ellen White em 1915. Conquanto esses progressos trouxessem ajustamentos nos detalhes da prática da Medicina, não tornaram obsoleto o valor terapêutico do "ar puro, exercício, alimentação apropriada, uso da água", e "confiança no poder divino", que Ellen G. White enumerou como "os verdadeiros remédios". Embora os métodos modernos de diagnósticos e tratamento rápido da doença diminuísse o tempo que os pacientes devem permanecer numa instituição médica, e isso tenha que ver com a operação das instituições dos adventistas do sétimo dia, os princípios básicos apresentados nos conselhos de Ellen G. White constituem um guia seguro e praticável hoje. Escrevendo refletidamente, declara a Sra. White: MS XII 1 "Por mais que nossa obra se tenha expandido e se multiplicado nossas instituições, o propósito de Deus permanece o mesmo. As condições de prosperidade são imutáveis." -- Testimonies for the Church 6:224. MS XII 2 Podemos estar certos da eternidade desses conselhos no terreno médico. Quando a Sra. White se colocou diante da Associação Geral em sessão em 1909, ela disse: MS XII 3 "Foi-me mostrado que os princípios que nos foram dados nos primórdios da mensagem são tão importantes e devem ser considerados de maneira tão conscienciosa hoje como o eram então." -- Testimonies for the Church 9:158. MS XII 4 O princípio não muda, embora mudanças de circunstâncias possam tornar necessário ajustamento na aplicação de algum dos princípios. Na verdade, Ellen White escreveu a respeito da obra na recém-estabelecida escola de Loma Linda: MS XII 5 "Não podemos estabelecer uma norma precisa para ser seguida incondicionalmente. Circunstâncias e emergências surgirão para as quais o Senhor deve dar instrução especial, mas se começarmos a trabalhar, confiando inteiramente no Senhor, vigiando, orando, andando em harmonia com a luz que Ele nos envia, não seremos deixados a andar nas trevas." -- Carta 192, 1906. Os testemunhos e o significado de palavras MS XII 6 O significado de certos termos também pode mudar consideravelmente depois de alguns anos. Contudo, um cuidadoso estudo de princípios básicos, como revelados mediante um acúmulo dos conselhos, torna clara a intenção da autora e bem assim a conduta apropriada. MS XII 7 O investigador dos conselhos de saúde de Ellen G. White é informado da constante condenação do uso de drogas e do apelo para que sejam empregados remédios simples. Uns cem anos atrás, e por muitos anos depois disto, os medicamentos empregados pelos médicos eram em geral os que sabemos agora serem potentes venenos. As vezes a causa da enfermidade não era conhecida. A teoria do germe ainda não estava bem estabelecida, e os tratamentos amiúde tinham que ver com sintomas. Qualquer pessoa familiarizada com a literatura médica da época é informada do elevado índice de mortalidade e da pouca perspectiva da vida. Torna-se informada da natureza de muitos dos medicamentos que eram usados pelos médicos. Muitos morriam como resultado do uso das drogas prescritas.* A voz de Ellen White a clamar contra esta desconsideração pela vida não foi a única, mas ela falava de um coração que podia sentir e de uma mente iluminada pela inspiração. MS XIII 1 O estudioso prudente evitará empregar mal as referências a drogas. Jamais aplicará de maneira violenta a condenação de drogas a comprovados agentes terapêuticos tornados acessíveis mediante pesquisa científica. Observará ao fazer um exame de declarações de Ellen G. White, pondo linha sobre linha e preceito sobre preceito, que suas referências a "drogas fortes" e "drogas venenosas" e ao uso de "medicamentos que ... deixam após si efeitos danosos no organismo", são fatores qualificativos que devem ser levados em conta. Ver as declarações reunidas, sobre o uso de drogas, em Mensagens Escolhidas 2:279-285. MS XIII 2 Verificará que a Sra. White empregou agentes medicinais e tirou vantagem dos verdadeiros progressos da ciência médica durante os últimos anos de sua vida. Notará que sua posição não era nem extrema nem fanática, mas racional e em harmonia com as descobertas científicas, e uma apreciação discreta dessas descobertas. Verá que através de todos os conselhos do Espírito de Profecia com relação a saúde, dá-se realce à medicina preventiva. Há um apelo no sentido de preservar o corpo, cultivar os hábitos simples de viver e tirar vantagem dos agentes restauradores ao alcance de todos. MS XIII 3 Quando procura conhecer a prevenção, causa e tratamento da doença, e empregar a obra médica como o "braço direito" da mensagem do terceiro anjo, o pessoal médico verá nestes conselhos, advertências e encorajamentos de origem divina, um auxílio oportuno. A comissão dos depositários dos bens de Ellen G. White, Washington, D.C., 1 de Novembro de 1962. ------------------------Capítulo 1 -- O poder restaurador e sua fonte A natureza, serva de Deus MS 7 1 O mundo material está sob o controle de Deus. As leis que governam toda a Natureza são obedecidas pela Natureza. Tudo fala e age segundo a vontade do Criador. As nuvens, a chuva, o orvalho, a luz solar, a saraiva, o vento, a tormenta, tudo se acha sob a supervisão de Deus, e presta obediência implícita Àquele que os emprega. A tênue haste de grama abre sua passagem através da terra, primeiro a erva, depois a espiga e por último o grão cheio na espiga. A estes -- Seus obedientes servos -- usa o Senhor para fazerem Sua vontade. -- Carta 131, 1897. Cristo, a vida e a luz MS 7 2 Cristo, criador do mundo e de tudo que nele há, é a vida e a luz de toda a criatura vivente. -- Testemunhos Selectos 2:448. MS 7 3 Nossa vida deriva de Jesus. NEle está a vida, original, vida não emprestada, não derivada. Há em nós um fluxo da fonte de vida. NEle está a fonte da vida. Nossa vida é algo que recebemos, alguma coisa que o Doador para Si toma novamente. Se nossa vida estiver escondida com Cristo em Deus, quando Cristo Se manifestar, também nos manifestaremos com Ele em glória. E enquanto estivermos neste mundo, daremos a Deus, em santificado serviço, todos os atributos que Ele nos deu. -- Carta 309, 1905. Vida pelo poder de Deus MS 7 4 A parábola da semente revela que Deus opera na Natureza. A semente encerra um princípio germinativo, princípio que Deus mesmo implantou; porém, abandonada a si própria a semente não teria a faculdade de medrar. O homem tem sua parte em favorecer o crescimento do grão. ... MS 7 5 Há vida na semente, e força no solo; mas se o poder infinito não for exercido dia e noite, a semente não produzirá colheita. A chuva precisa ser enviada para umedecer os campos sedentos, o Sol precisa comunicar calor, e a eletricidade precisa ser conduzida à semente enterrada. A vida que o Criador implantou, somente Ele pode despertar. Toda semente germina e toda planta se desenvolve pelo poder de Deus. -- Parábolas de Jesus, 63. Vida de Deus na natureza MS 8 1 O Senhor comunicou Sua vida às árvores e vinhas de Sua criação. Sua palavra pode aumentar ou diminuir o fruto da terra. MS 8 2 Se os homens abrissem o entendimento para discernir a relação que há entre a Natureza e o Deus da Natureza, ouvir-se-ia fiel reconhecimento do poder do Criador. Sem a vida proveniente de Deus, a Natureza pereceria. Suas obras criadas são dependentes dEle. Concede Ele propriedades que comunicam vida a tudo o que a Natureza produz. Devemos reconhecer as árvores carregadas de frutos como a dádiva de Deus, como se Ele tivesse colocado o fruto em nossas mãos. -- Manuscrito 114, 1899. Deus alimentando os milhões da terra MS 8 3 Alimentando os cinco mil, Jesus ergue o véu do mundo da Natureza e manifesta o poder em contínuo exercício para nosso bem. Na produção da colheita da terra, Deus opera diário milagre. Realiza-se, mediante agentes naturais, a mesma obra que se efetuou na alimentação da massa. O homem prepara o solo e lança a semente, mas é a vida de Deus que faz com que ela germine. É a chuva, o ar, o sol de Deus que a levam a frutificar -- "primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga". É Deus quem alimenta cada dia milhões, dos campos de colheita da terra. -- O Desejado de Todas as Nações, 367. Mantido em atividade MS 8 4 O coração que bate, o pulso que lateja, cada nervo e músculo do organismo vivo, são conservados em ordem e atividade mediante o poder de um infinito Deus. "Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." MS 9 1 Aqui Cristo conduz a mente a contemplar de maneira ampla os vastos campos da Natureza, e Seu poder toca os olhos e os sentidos, para discernirem as maravilhosas obras do poder divino. Ele dirige a atenção primeiro para a Natureza, depois a conduz através da Natureza ao Deus da Natureza, que sustém os mundos pelo Seu poder. -- Manuscrito 73, 1893. Através das leis naturais MS 9 2 Não se deve supor que haja uma lei posta em movimento para que a semente se ative a si mesma; que a folha apareça por dever assim fazer de si própria. Deus possui leis por Ele instituídas, mas elas são apenas servas mediante as quais produz Ele os resultados. É por meio da atenção imediata de Deus que cada pequenina semente irrompe da terra e salta para a vida. Cada folha cresce, viceja cada flor, pelo poder de Deus. MS 9 3 O organismo físico do homem acha-se sob a supervisão de Deus, mas não é como um relógio, que é posto em movimento e deve continuar por si mesmo. O coração bate, pulsação sucede a pulsação, uma respiração segue a outra, mas o ser todo se acha sob a supervisão de Deus. "Vós sois lavoura de Deus; vós sois edifício de Deus". Em Deus vivemos, e nos movemos e existimos. Cada batida do coração, cada respiração, é a inspiração dAquele que soprou nas narinas de Adão o fôlego de vida -- a inspiração do Deus sempre presente, o grande EU SOU. -- The Review and Herald, 8 de Novembro de 1898. Deus na natureza MS 9 4 Em todas as coisas criadas vêem-se os sinais da Divindade. A Natureza testifica de Deus. A mente sensível, levada em contato com o milagre e mistério do Universo, não poderá deixar de reconhecer a operação do poder infinito. Não é pela sua própria energia inerente que a Terra produz suas dádivas, e ano após ano continua seu movimento em redor do Sol. Uma mão invisível guia os planetas em seu giro pelos céus. Uma vida misteriosa invade toda a Natureza -- vida que sustenta os inumeráveis mundos através da imensidade toda. Encontra-se ela no ser microscópico que flutua na brisa do verão; é ela que dirige o vôo das andorinhas, e alimenta as pipilantes avezinhas de rapina; é ela que faz com que os botões floresçam, e as flores frutifiquem. As leis da vida física MS 10 1 O mesmo poder que mantém a Natureza, opera também no homem. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o átomo, dirigem a vida humana. As leis que presidem à ação do coração, regulando o fluxo da corrente da vida no corpo, são as leis da Inteligência todo-poderosa, as quais presidem às funções da alma. DEle procede toda a vida. Unicamente em harmonia com Ele poderá ser achada a verdadeira esfera daquelas funções. Para todas as coisas de Sua criação, a condição é a mesma: uma vida que se mantém pela recepção da vida de Deus, uma vida exercida de acordo com a vontade do Criador. Transgredir Sua lei, física, mental ou moral, corresponde a colocar-se o transgressor fora da harmonia do Universo, ou introduzir discórdia, anarquia e ruína. MS 10 2 Para aquele que assim aprende a interpretar seus ensinos, toda a Natureza se ilumina; o mundo é um compêndio, e a vida uma escola. A unidade do homem com a Natureza e com Deus, o domínio universal da lei, os resultados da transgressão, não podem deixar de impressionar o espírito e moldar o caráter. ... MS 10 3 O coração que ainda não se acha endurecido pelo contato com o mal, está pronto a reconhecer aquela Presença que penetra todas as coisas criadas. O ouvido, ainda não ensurdecido pelo clamor do mundo, está atento à Voz que fala pelas manifestações da Natureza. ... MS 10 4 O invisível acha-se ilustrado pelo visível. Sobre todas as coisas na Terra, ... poderão eles contemplar a imagem e inscrição de Deus. -- Educação, 99, 100. Mensagens da natureza MS 10 5 Toda a Natureza é viva. Por meio de suas variadas formas de vida fala ela, aos que têm ouvidos para ouvir e sentidos para compreender, dAquele que é a fonte de toda a vida. A Natureza revela a maravilhosa operação do Artista-Mestre. -- Carta 164, 1900. A mensagem do amor MS 10 6 No princípio, Deus Se manifestava em todas as obras da criação. ... E sobre todas as coisas na terra, no ar e no firmamento, escreveu a mensagem do amor do Pai. MS 10 7 Ora, o pecado manchou a perfeita obra de Deus, todavia permanecem os traços de Sua mão. Mesmo agora todas as coisas criadas declaram a glória de Sua excelência. ... Toda árvore, e arbusto, e folha exala aquele elemento de vida sem o qual nenhum homem ou animal poderia existir; e animal e homem servem, por sua vez, à vida da folha, do arbusto e da árvore. -- O Desejado de Todas as Nações, 20, 21. A natureza não é Deus MS 11 1 As coisas de feitura divina na Natureza não são o próprio Deus na Natureza. As coisas da Natureza são uma expressão do caráter divino; por meio delas podemos compreender o Seu amor, Seu poder, e Sua glória; mas não devemos considerar a Natureza como sendo Deus. A perícia artística dos seres humanos produz obras muito belas, coisas que deleitam os olhos, e essas coisas nos dão em parte um vislumbre de quem as ideou; mas a obra feita não é o homem. Não é a obra, mas o obreiro que é considerado merecedor de honra. Assim, conquanto a Natureza seja uma expressão do pensamento de Deus, não a Natureza, mas o Deus da Natureza é que deve ser exaltado. -- Testemunhos Selectos 3:262. A fonte da cura MS 11 2 Doença, sofrimento e morte são obra de um poder antagônico. Satanás é o destruidor; Deus, o restaurador. MS 11 3 As palavras dirigidas a Israel verificam-se hoje naqueles que recuperam a saúde do corpo ou da alma. "Eu sou o Senhor que te sara." MS 11 4 O desejo de Deus para com toda criatura humana, exprime-se nas palavras: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma". MS 11 5 É Ele que "perdoa todas as tuas iniqüidades, e sara todas as tuas enfermidades; quem redime a tua vida da perdição, e te coroa de benignidade e de misericórdia". -- Conselhos Sobre Saúde, 168. O grande restaurador MS 11 6 O poder restaurador de Deus espalha-se por toda a Natureza. Se o ser humano fere a própria carne ou quebra um osso, imediatamente a natureza começa a reparar o dano, e preserva dessa forma a vida do homem. O homem, porém, pode colocar-se em posição na qual a natureza é estorvada, de maneira que não pode realizar a sua obra. ... Se é usado fumo,... o poder restaurador da natureza é enfraquecido em maior ou menor extensão. ... Quando se usa bebida intoxicante, o organismo torna-se incapaz de resistir à doença em seu original poder dado por Deus como restaurador. Foi Deus quem fez a provisão para que a natureza opere para restaurar as forças exauridas. O poder é de Deus. Ele é o Grande Restaurador. -- Carta 77, 1899. Uma obra combinada MS 12 1 Os enfermos devem ser curados mediante os esforços combinados do humano e do divino. Toda dádiva, todo poder, que Cristo prometeu a Seus discípulos, envia Ele àqueles que O servirem com fidelidade. -- Carta 205, 1899. O Espírito Santo renova o corpo MS 12 2 O pecado traz enfermidade e fraqueza, físicas e espirituais. Cristo tornou possível livrar-nos dessa maldição. Promete o Senhor, por meio da verdade, renovar a alma. O Espírito Santo tornará capacitados para comunicarem a verdade com poder a todos que estão desejosos de ser educados. Renovará cada órgão do corpo, a fim de que os servos de Deus possam operar de modo aceitável e com sucesso. A vitalidade aumenta sob a influência da ação do Espírito. Permitamos, então, que este poder nos leve a uma atmosfera mais alta e mais santa, para que possamos desempenhar bem o trabalho que nos for indicado. -- The Review and Herald, 14 de Janeiro de 1902. O melhor remédio MS 12 3 A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde do corpo ou da mente. A influência do Espírito de Deus é o melhor remédio que pode ser recebido por um homem ou uma mulher doentes. O Céu é todo saúde; e quanto mais plenamente forem compreendidas as influências celestiais, tanto mais certa será a recuperação do crente enfermo. -- Testimonies for the Church 3:172. O que o médico tenta, Cristo executa MS 12 4 Ninguém senão o médico cristão pode desincumbir-se dos deveres de sua profissão de maneira aceitável a Deus. Numa obra tão sagrada, nenhum lugar deve ser dado a planos e interesses egoístas. Toda ambição, cada motivo, deve estar subordinado ao interesse daquela vida que se mede pela vida de Deus. Em todos os vossos misteres, permiti que a reivindicação de Jesus, o Redentor do mundo, seja reconhecida; imitai-Lhe o exemplo. O que o médico tenta fazer, Cristo pode realizar. Eles procuram prolongar a vida; Ele é o Doador da vida. Jesus, o Poderoso Restaurador, é o Médico por excelência. Todos os médicos estão sob a orientação de um Mestre, e em verdade bendito é todo médico que aprendeu com seu Senhor a velar pelas almas, enquanto com toda a sua habilidade profissional trabalha para curar o corpo do enfermo sofredor. -- Carta 26a, 1889. Educação melhor do que curas miraculosas MS 13 1 Alguns me têm perguntado: "Por que devemos ter sanatórios? Por que não oramos, como Cristo, em favor dos doentes, para que eles sejam curados miraculosamente?" Tenho respondido: "Digamos que fôssemos capazes de fazer isso em todos os casos; quantos apreciariam a cura? Tornar-se-iam reformadores da saúde aqueles que fossem curados, ou continuariam a ser destruidores da saúde?" MS 13 2 Jesus Cristo é o Grande Restaurador; Ele, porém, deseja que, vivendo de conformidade com Suas leis, cooperemos com Ele na recuperação e na manutenção da saúde. Em combinação com a obra de curar, cumpre que haja transmissão de conhecimento de como resistir às tentações. Os que se dirigem aos nossos sanatórios devem ser despertados para um senso de sua própria responsabilidade de agir em harmonia com o Deus da verdade. MS 13 3 Não podemos curar. É-nos impossível mudar o estado doentio do corpo. Todavia, constitui nossa parte, como missionários médicos, como cooperadores de Deus, usar os meios por Ele providos. Depois, devemos orar para que Deus abençoe esses agentes. Nós cremos em um Deus; cremos em um Deus que ouve e responde as orações. Ele disse: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." -- The Review and Herald, 5 de Dezembro de 1907. Quando a oração em favor da cura é presunção MS 13 4 Muitos têm esperado que Deus os guardasse de doenças, tão-somente pelo fato de Lhe haverem pedido que assim o fizesse. Deus, porém, não atendeu suas orações, porque sua fé não foi aperfeiçoada pelas obras. Deus não operará um milagre para preservar de enfermidades os que não têm nenhum cuidado consigo mesmos, mas estão violando constantemente as leis da saúde, e nenhum esforço fazem para evitar a doença. Quando fazemos tudo o que podemos para ter saúde, então podemos esperar que os resultados benéficos se sigam, e podemos com fé pedir a Deus que abençoe nossos esforços para preservar a saúde. Ele responderá então à nossa oração, caso Seu nome possa ser assim glorificado. Mas compreendam todos que têm uma obra a realizar. Deus não operará de maneira miraculosa para preservar a saúde de pessoas que estão seguindo uma conduta certa para se tornarem doentes, por sua falta de atenção para com as leis da saúde. MS 14 1 Os que querem satisfazer o seu apetite, e depois sofrem por causa de sua intemperança, e tomam drogas para se aliviarem, podem estar certos de que Deus não interferirá para preservar a saúde e a vida que estão, temerariamente, sendo postas em perigo. A causa produziu o efeito. Como último recurso, muitos seguem as indicações da Palavra de Deus, e pedem as orações dos anciãos da igreja em favor da restauração de sua saúde. Deus não considera apropriado responder a orações feitas em favor de tais pessoas, pois Ele sabe que se lhes fosse restaurada a saúde, eles a sacrificariam novamente sobre o altar do apetite pervertido. -- Spiritual Gifts 4:144, 145. Provisão em favor da obra evangélica médico-missionária MS 14 2 A maneira em que Cristo operava era pregar a Palavra e aliviar o sofrimento por meio de operações miraculosas de cura. Foi-me dito, entretanto, que não podemos agora trabalhar dessa maneira; pois Satanás exercerá o seu poder de operar milagres. Os servos de Deus não podem hoje trabalhar por meio de milagres, pois operações espúrias de cura, dizendo-se divinas, serão realizadas. MS 14 3 Por essa razão, o Senhor indicou um meio pelo qual Seu povo deve levar avante a obra de cura física em combinação com o ensino da Palavra. Devem-se estabelecer sanatórios, e a estas instituições cumpre que sejam ligados obreiros que levarão a cabo a obra médico-missionária genuína. Dessa forma, uma influência protetora é lançada em torno daqueles que vêm aos sanatórios em busca de tratamento. MS 14 4 Esta é a provisão feita pelo Senhor, mediante a qual deve ser realizada a obra médico-missionária em favor das almas. Cumpre que estas instituições sejam estabelecidas fora das cidades, e nelas deve a obra educacional ser levada avante de maneira inteligente. -- Carta 53, 1904. Os milagres não são seguro indício do favor de Deus MS 14 5 É chegado o tempo em que Satanás operará milagres para confirmar as mentes na crença de que ele é Deus. Todo o povo de Deus deve agora permanecer firme na plataforma da verdade, como foi ela dada na mensagem do terceiro anjo. Todo quadro agradável, todos os milagres operados, serão apresentados a fim de que, se possível, os próprios eleitos sejam enganados. A única esperança para qualquer pessoa é apegar-se às provas que têm confirmado a verdade em justiça. Que estas sejam proclamadas mais e mais, até a conclusão da história deste mundo. -- The Review and Herald, 9 de Setembro de 1906. Quando Cristo se recusou a operar milagres MS 15 1 A cena da tentação de Cristo devia servir de lição para todos os Seus seguidores. Quando os inimigos de Cristo, por instigação de Satanás, lhes pedem que mostrem algum milagre, devem eles responder-lhes tão serenamente como o Filho de Deus respondeu a Satanás: "Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus." Se não são convencidos pelo testemunho inspirado, uma manifestação do poder de Deus os não beneficiaria. As maravilhosas obras de Deus não são manifestadas para satisfazer a curiosidade de quem quer que seja. Cristo, o Filho de Deus, recusou-Se a dar a Satanás qualquer prova de Seu poder. Não fez Ele nenhum esforço no sentido de desfazer o "se" de Satanás apresentando um milagre. MS 15 2 Os discípulos de Cristo serão levados a situações semelhantes. Os incrédulos pedir-lhes-ão que realizem algum milagre, se crêem que há na igreja poder especial de Deus, e que são o povo escolhido de Deus. Os descrentes, que se acham afligidos por enfermidades, pedir-lhes-ão que operem um milagre neles, se é que Deus com eles está. O seguidor de Cristo deve imitar o exemplo de seu Senhor. Com Seu divino poder, não operou Jesus nenhuma obra poderosa para entreter Satanás. Nem podem fazê-lo os servos de Cristo. Cumpre-lhes dirigir os descrentes para o testemunho escrito e inspirado, em busca da prova de serem o leal povo de Deus e herdeiros da salvação. -- Spiritual Gifts 4:150, 151. Reforma deve preceder à operação de milagres MS 15 3 Estou muito grata pela obra médico-missionária, conduzida nos moldes do evangelho. Importa que ela seja ensinada, que seja levada avante; pois é precisamente a obra que Cristo realizou quando esteve neste mundo. Foi Ele o maior Missionário que o mundo já viu. MS 15 4 Podeis perguntar: "Por que, então, não nos valermos da obra, e curarmos os doentes como fazia Cristo?" Respondo: Não estais preparados. Alguns têm crido; alguns têm sido curados; mas há muitos que se tornam doentes por intemperança no comer ou por condescenderem com outros hábitos errôneos. Ao ficarem doentes, oraremos em seu favor para que se levantem, a fim de que continuem a mesma obra novamente? Deve haver uma reforma em nossas fileiras; cumpre que as pessoas alcancem mais elevada norma antes que possamos esperar que o poder de Deus se manifeste de maneira acentuada em favor da cura dos doentes. ... MS 16 1 Se nos apropriarmos do Mestre, se nos servirmos de todo o poder que Ele nos confiou, será revelada a salvação de Deus. Permiti que vos diga que os enfermos serão curados quando tiverdes fé para ir a Deus de maneira correta. Somos gratos a Deus porque temos a obra médico-missionária. Aonde quer que levarmos o evangelho, podemos ensinar as pessoas a cuidarem de si mesmas. -- The General Conference Bulletin, 3 de Abril de 1901. Oração pelos enfermos MS 16 2 Quanto a orar em favor dos enfermos, é assunto importante demais para que dele se trate de maneira descuidosa. Creio que devemos levar tudo ao Senhor e tornar conhecidas a Deus todas as nossas debilidades, e especificar todas as nossas perplexidades. Quando em tristeza, quando incertos quanto a que caminho seguir, devem dois ou três que estão acostumados a orar unir-se, pedindo ao Senhor que faça Sua luz incidir sobre eles e lhes comunique Sua graça especial; e Ele considerará suas petições, responderá às suas orações. Se estamos enfermos do corpo, é sem dúvida coerente confiarmos no Senhor, dirigindo súplicas ao nosso Deus em nosso próprio caso, e se nos sentirmos inclinados a pedir a outros, em quem confiamos, para se unirem conosco em oração a Jesus, que é o Poderoso Restaurador, por certo nos virá auxílio, se pedirmos com fé. Acho que somos todos muito sem fé, muito frios e indiferentes. MS 16 3 Entendo que o texto de Tiago deva ser posto em prática quando a pessoa está enferma em seu leito, se ela chama os anciãos da igreja, e eles seguem as indicações de Tiago, ungindo o doente com óleo em nome do Senhor, orando sobre ele a oração da fé. Lemos: "A oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." MS 16 4 Não deve ser dever nosso chamar os anciãos da igreja para cada pequeno achaque que tenhamos, pois isso seria impor-lhes uma tarefa. Fizessem todos isso, seu tempo estaria inteiramente tomado, e eles não poderiam fazer mais nada; o Senhor nos dá, todavia, o privilégio de buscá-Lo individualmente em fervorosa oração, ou abrir diante dEle a nossa alma, nada ocultando dAquele que nos convidou: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." Oh! quão gratos devemos ser por Jesus estar desejoso e ser capaz de levar todas as nossas enfermidades, e fortalecer-nos e sarar todas as nossas doenças, se for para o nosso bem e para Sua glória! MS 17 1 Alguns morreram nos dias de Cristo e nos dias dos apóstolos, porque o Senhor sabia precisamente o que era melhor para eles. -- Carta 35, 1890. ------------------------Capítulo 2 -- O plano divino na obra médico-missionária A majestade do céu como missionário médico MS 19 1 Este mundo foi visitado pela majestade do Céu, o Filho de Deus. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Cristo veio a este mundo como a expressão do próprio coração, e mente, e natureza e caráter de Deus. Ele era o resplendor da glória do Pai, a expressa imagem de Sua pessoa. Todavia, pôs de lado as vestes reais e a régia coroa, e desceu de Sua elevada posição para tomar o lugar de servo. Era rico, mas por amor de nós, para que pudéssemos ter riquezas eternas, Se fez pobre. Ele fez o mundo, mas Se esvaziou tão completamente a Si mesmo que durante o Seu ministério declarou: "As raposas têm seus covis, e as aves dos céus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." MS 19 2 Ele veio a este mundo e esteve entre os seres que criou, como Homem de dores e que sabe o que é padecer. "Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." Foi tentado em todos os pontos como nós o somos, mas sem pecado. Um servo de todos MS 19 3 Cristo permaneceu à frente da humanidade na roupagem da humanidade. Tão cheia de simpatia e amor era Sua atitude, que os mais pobres não se sentiam receosos de ir a Ele. Era bom para com todos, facilmente acessível aos mais humildes. Ia de casa em casa, curando os enfermos, alimentando os famintos, confortando os que choravam, aliviando os aflitos, falando de paz aos angustiados. Tomava as criancinhas nos braços e as abençoava, e falava palavras de esperança e conforto às fatigadas mães. Com incansável ternura e bondade ia ao encontro de cada tipo de angústia e aflição humanas. Não para Si mesmo, mas em favor dos outros, trabalhava Ele. Estava disposto a humilhar-Se, a renunciar a Si mesmo. Não procurava distinguir-Se. Era o servo de todos. Era Sua comida e bebida ser um conforto e um consolo para os outros, alegrar os tristes e sobrecarregados com quem diariamente entrava em contato. Uma expressão do amor de Deus MS 20 1 Cristo permanece diante de nós como Homem-Modelo, o grande Missionário Médico -- um exemplo para todos os que viessem depois. Seu amor, puro e santo, abençoava a todos os que estivessem dentro de sua esfera de influência. Seu caráter era inteiramente perfeito, isento da mais leve mancha do pecado. Ele veio como uma expressão do perfeito amor de Deus, não para oprimir, nem para julgar e condenar, mas para sanar todo caráter fraco e defeituoso, para salvar a homens e mulheres do poder de Satanás. MS 20 2 Ele é o Criador, o Redentor e o Mantenedor da raça humana. A todos faz Ele o convite: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Seguindo em seus passos MS 20 3 Que exemplo, então, devemos dar ao mundo? Devemos fazer a mesma obra que o grande Missionário Médico assumiu em nosso favor. Cumpre-nos seguir o caminho da renúncia palmilhado por Cristo. MS 20 4 Quando vejo tantos se dizendo missionários médicos, surge repentinamente diante de mim a representação do que Cristo foi neste mundo. Quando penso em quanto falta aos obreiros hoje, quando comparados com o Modelo divino, meu coração se torna opresso de uma tristeza que as palavras não podem expressar. Farão algum dia homens e mulheres uma obra que leve os traços e o caráter do grande Missionário Médico? ... MS 20 5 Não há, neste mundo afligido e amaldiçoado pelo pecado, aflições suficientes para levar-nos a nos consagrarmos à obra de proclamar a mensagem de que "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna"? Este mundo foi palmilhado pelo Filho de Deus. Ele veio trazer aos homens a luz e a vida, torná-los livres da servidão do pecado. Ele virá novamente com poder e grande glória, para levar para Si os que durante esta vida seguiram Seus passos. Seu nome deve ser honrado MS 21 1 Oh! quanto anseio ver os que se dizem médicos missionários honrando o Grande Modelo, cuja vida declare o que se acha compreendido na alegação de ser médico missionário! Desejaria que eles estivessem aprendendo da mansidão e humildade do Salvador. Dói-me o coração ao pensar que Cristo é tão grandemente decepcionado em Seus seguidores. Eles usam um nome que a sua vida diária não lhes dá o direito de usar. MS 21 2 Devemos ser santificados, alma e corpo, mediante a verdade; então honraremos o nome -- médico missionário. Oh! esse nome significa muito! Ele requer uma representação totalmente diversa da que é dada por muitos que o usam. Estes logo compreenderão quanto se têm afastado dos princípios do Céu, e quão grandemente têm magoado o coração de Cristo. -- Carta 117, 1903. Compreendido através da prática MS 21 3 Quando todos os nossos médicos missionários viverem a vida nova em Cristo Jesus, e tomarem Suas palavras como significando o que elas devem significar, haverá uma compreensão muito mais clara e mais inteligente do que constitui a verdadeira obra médico-missionária. E, não obstante, esse ramo da obra pode ser melhor compreendido quando praticado com simplicidade. O desdobramento dessa obra terá para eles um significado mais profundo depois que obedecerem à santa lei gravada em tábuas de pedras pelo dedo de Deus, inclusive o preceito do sábado, a respeito do qual o próprio Cristo falou por meio de Moisés aos filhos de Israel. ... Seguir o mestre MS 21 4 Repousa sobre os servos de Deus, que estão realizando obra médico-missionária verdadeira, a mais sagrada e solene responsabilidade de conservar em mira a vida de serviço abnegado de Cristo. Devem eles desviar os olhos de todas as demais coisas, e olhar para Jesus, o autor e consumador de sua fé. Ele é a fonte de toda luz, o Manancial de todas as bênçãos do Céu. Sou instruída a dizer a todo obreiro médico missionário: Segui o vosso Guia. Ele é o caminho, a verdade, a luz e a vida. Ele é aquele cujo exemplo nós, como verdadeiros médicos missionários, devemos seguir. MS 22 1 Nesta época de piedade doentia e princípio pervertido, os que são convertidos na vida e na prática revelarão espiritualidade saudável e influente. Os que têm conhecimento da verdade como se acha revelada na Palavra de Deus, devem agora vir para a linha de frente. Meus irmãos, Deus requer isso de vós. Cada jota de vossa influência deve agora ser usado do lado certo. Devem todos aprender agora como permanecer firmes na defesa da verdade que é digna de aceitação. Os que se estão esforçando para viver a vida de Cristo, devem chamar as coisas pelo seu nome exato, e permanecer na defesa da verdade como é em Jesus. Tempo de avançar MS 22 2 Cumpre a toda alma cuja vida está escondida com Cristo em Deus, vir para a frente de batalha agora. Alguma coisa deve ser feita. Devemos lutar de maneira mais intensa em favor da fé uma vez entregue aos santos. O espírito em que a verdade é defendida e o reino de Deus levado avante, deve ser como seria se Cristo estivesse em pessoa na Terra. Se Ele aqui estivesse, seria levado a passar uma solene repreensão em muitos que alegam ser médicos missionários, mas que não quiseram ouvir o convite que lhes fez, de aprenderem dEle a Sua mansidão e humildade de coração. Na vida de alguns que ocupam as posições mais elevadas, o eu tem sido exaltado. Enquanto tais pessoas não se desembaraçam de todo desejo de exaltação própria, não podem discernir claro o caráter e a glória do grande Médico Missionário. ... MS 22 3 Devemos agora unificar, e por meio de verdadeira obra médico-missionária preparar o caminho para nosso Rei vindouro. Cresçamos no conhecimento da verdade, e rendamos todos a excelência e glória devidas Àquele que é um com o Pai. Busquemos com muito fervor a unção celestial, o Espírito Santo. -- Manuscrito 83, 1903. Propósito da humildade de Cristo MS 22 4 Há demasiado eu e muito pouco de Jesus no ministério de todas as denominações. O Senhor usa homens humildes para proclamarem Suas mensagens. Tivesse Cristo vindo na majestade de um rei, com a pompa que acompanha os grandes homens da Terra, muitos O teriam aceito. Jesus de Nazaré, contudo, não deslumbrou os sentidos com exibição de glória exterior, nem fez disto o fundamento de reverência deles. Ele veio como Homem humilde, para ser o Mestre e o Modelo, bem como o Redentor da raça. Tivesse Ele estimulado a ostentação, tivesse vindo acompanhado por uma comitiva dos grandes homens da Terra, como poderia ter ensinado a humanidade? Como poderia ter apresentado verdades tão candentes como as que se encontram em Seu sermão da montanha? Seu exemplo era tal que Ele desejava que todos os Seus seguidores imitassem. Onde estaria a esperança dos humildes na vida, tivesse Ele vindo em exaltação e habitando como rei na Terra? Jesus conhecia as necessidades do mundo melhor do que eles próprios. Ele não veio na forma de um anjo, vestido com a armadura do Céu, mas como homem. Não obstante, aliado a Sua humildade havia um poder e grandeza inerentes que infundiam respeito aos homens, ao mesmo tempo em que O amavam. Embora possuidor de tal amabilidade, de aparência assim despretensiosa, Ele andou entre eles com a dignidade e poder de um Rei de origem celeste. -- Testimonies for the Church 5:253. Os discípulos de Cristo devem representar seu caráter MS 23 1 O Salvador viveu neste mundo aquela vida que o amor a Deus constrangerá todo verdadeiro crente em Cristo a viver. Ao seguir-Lhe o exemplo, em nossa obra médico-missionária, revelaremos ao mundo que nossas credenciais procedem do alto, que como representantes do reino do Céu estamos cumprindo as palavras da Oração do Senhor: "Venha o Teu reino." Unidos com Cristo em Deus, revelaremos ao mundo que, como Deus escolheu o Seu Filho para ser Seu representante na Terra, assim Cristo nos escolheu para representar Seu caráter. Todos aqueles que possuem verdadeira fé em Cristo Jesus, representá-Lo-ão no caráter. ... Às culminâncias da fé MS 24 2 Nossos obreiros missionários médicos devem elevar-se a alturas que podem ser alcançadas apenas por uma fé viva e operante. Nesta fase de nossa história, os homens que se acham na direção da obra não devem permitir que prevaleça nenhuma confusão de sentimentos no que se refere ao que realmente se deve esperar do médico missionário enviado por Deus. MS 24 3 Importa que haja uma compreensão mais clara e definida do que envolve a obra médico-missionária. Deve ser definida como permanecendo em um plano completamente mais elevado, e como conseguindo resultados de ordem muito mais santificada, antes que Deus possa endossá-la como verdadeira. Os que desejarem honrar a Deus, não misturarão os planos de natureza mundana com Seus planos, tentando atingir os resultados que esta obra está determinada por Deus a atingir. ... MS 24 1 Nossa obra é claramente definida. Como o Pai enviou o Seu unigênito Filho ao mundo, também Cristo nos envia a nós, Seus discípulos, como Seus obreiros missionários médicos. No cumprimento dessa elevada e santa missão, devemos fazer a vontade de Deus. Nenhuma mente ou juízo de homem algum deve servir-nos de critério do que constitui verdadeira obra médico-missionária. ... MS 24 2 A verdadeira obra médico-missionária é de origem celeste. Ela não foi originada por qualquer pessoa que vive. Mas vemos tanta coisa que desonra a Deus relacionada com esta obra, que sou instruída a dizer: A obra médico-missionária é de origem divina, e tem uma missão muito gloriosa a cumprir. Em todos os seus propósitos deve ela estar em conformidade com a obra de Cristo. Os que são cooperadores de Deus representarão tão certamente o caráter de Cristo como Cristo representou o caráter de Seu Pai enquanto esteve neste mundo. Purificada do mundanismo MS 24 3 Sou instruída a dizer que Deus fará com que a obra médico-missionária seja purificada da mancha do mundanismo, e elevada à sua verdadeira posição diante do mundo. Quando planos que põem em perigo as almas são postos em ligação com esta obra, sua influência é destruída. Eis a razão de terem surgido, na execução da obra médico-missionária, muitas perplexidades que exigem nossa cuidadosa consideração. ... MS 24 4 Nada nos auxiliará mais nesta fase de nossa obra do que compreender e cumprir a missão do maior Médico Missionário que já pisou a Terra; coisa alguma nos ajudará mais do que compreendermos quão sagrada é esta espécie de obra, e quão perfeitamente se ajusta ela à vida de trabalho do Grande Missionário. O objetivo de nossa missão é o mesmo objetivo da missão de Cristo. Por que enviou Deus o Seu Filho ao mundo caído? Para tornar conhecido o Seu amor pela humanidade e demonstrá-lo. Cristo veio como Redentor. Em todo o Seu ministério devia Ele conservar em evidência Sua missão de salvar pecadores. ... MS 25 1 O propósito de Deus ao confiar a homens e mulheres a missão que Ele confiou a Cristo é libertar Seus seguidores de todo procedimento mundano e dar-lhes uma obra idêntica à que Cristo realizou. -- Manuscrito 130, 1902. Fontes de êxito MS 25 2 Ensinou-nos o Senhor que todos os nossos sanatórios devem ser dirigidos, não como se o sucesso da obra realizada fosse devido à habilidade dos médicos, mas em virtude do poder divino ligado com o médico. O Grande Médico deve ser engrandecido. Deve-se fazer ver que a aprovação de Deus sobre a instituição é porque os princípios da reforma da saúde são respeitados, e porque Cristo é reconhecido como Médico-Chefe. Nossos sanatórios foram no passado, e continuarão a ser, se corretamente dirigidos, um meio de abençoar e erguer a humanidade. Se a verdade for representada corretamente, os que procuram nossos sanatórios aprenderão muito acerca de seus princípios, e muitos se converterão. Estas instituições me têm sido apresentadas como focos de luz que apresentam a verdade como é em Jesus. O Senhor Jesus é o grande ministrador da saúde, e Sua presença em nossas instituições tem sido um cheiro de vida para vida. Cristo veio ao mundo como o Grande Médico da humanidade. Onde quer que os nossos sanatórios sejam estabelecidos, devem tornar-se influências educadoras. O Senhor Se agradaria de que, juntamente com auxiliares escolhidos, estruturásseis vossa obra de molde a fazer um trabalho mais especializado em setores religiosos. MS 25 3 Maravilhosa tem sido a operação do plano de Deus no estabelecimento de tão numerosas instituições de saúde. O mundo está sendo escravizado por intemperança de toda sorte, e os que são nestes dias verdadeiros educadores, os que instruem no sentido da abnegação e do sacrifício, receberão a sua recompensa. Agora é nosso tempo, agora é nossa oportunidade para realizar uma obra abençoada. -- Carta 50, 1909. Modelos do poder Salvador de Deus MS 25 4 Em nossas instituições médicas as pessoas devem ser postas em contato com as verdades especiais para este tempo. Deus diz que haverá instituições estabelecidas sob a supervisão de homens que foram curados por meio da fé na Palavra de Deus, e que dominaram seus defeitos de caráter. No mundo se têm tomado todas as espécies de providências para aliviar a humanidade sofredora, mas a verdade em sua simplicidade deve ser levada a estes sofredores por meio da influência de homens e mulheres leais aos mandamentos de Deus. Sanatórios devem ser estabelecidos por todo o nosso mundo, e dirigidos por um povo que esteja em harmonia com as leis de Deus, um povo que coopere com Deus na defesa da verdade que decide o caso de cada alma por quem Cristo morreu. ... MS 26 1 Toda a luz do passado que ilumina o presente e penetra o futuro, como se acha revelada na Palavra de Deus, destina-se a cada alma que vem às nossas instituições de saúde. Deseja o Senhor que os sanatórios estabelecidos entre os adventistas do sétimo dia sejam símbolos do que pode ser feito em favor do mundo, marcos do poder salvador das verdades do evangelho. Devem eles ser instrumentos no cumprimento do grande propósito de Deus em favor da raça humana. MS 26 2 Ao povo de Deus e Suas instituições desta geração, da mesma forma que ao antigo Israel, pertencem as palavras escritas por Moisés mediante o Espírito de Inspiração: MS 26 3 "És povo santo ao Senhor teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses, o Seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a Terra." MS 26 4 "Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus. ... Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente este grande povo é gente sábia e entendida. Pois, que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O invocamos? E que grande nação há, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?" MS 26 5 Mesmo estas palavras são insignificantes para atingir a grandeza e a glória do propósito de Deus a ser executado por meio de Seu povo. -- Manuscrito 166, 1899. O mais grandioso alvo MS 26 6 Necessitam-se sanatórios nos quais se possa realizar obra médica e cirúrgica bem-sucedida. Dirigidas de acordo com a vontade de Deus, essas instituições removeriam preconceito e dariam a nossa obra uma nota favorável. O mais elevado alvo dos obreiros nestas instituições deve ser a saúde espiritual para os pacientes. Pode-se fazer obra evangelística bem-sucedida junto com a obra médico-missionária. Só quando estes ramos da obra estiverem unidos, podemos esperar recolher os mais preciosos frutos para o Senhor. -- Carta 202, 1903. Monumentos para Deus MS 27 1 Em todos os seus departamentos, nossos sanatórios devem ser monumentos para Deus, instrumentos Seus em semear a semente da verdade no coração humano. E isto serão eles, caso sejam bem administrados. -- Testemunhos Selectos 2:283. Reformar as práticas médicas MS 27 2 Quanto a serem usadas drogas em nossas instituições, é contrário à luz que o Senhor Se dignou conceder. O comércio de drogas tem causado mais dano ao nosso mundo e matado mais do que ajudado ou curado. A luz foi-me concedida primeiro quanto ao porquê devam ser as instituições estabelecidas: os sanatórios deviam reformar as práticas médicas. -- Carta 69, 1898. Uma honra a Deus MS 27 3 O Deus do Céu é honrado por uma instituição dirigida dessa maneira. O Sanatório _____ foi estabelecido por ordem de Deus, a fim de que homens e mulheres pudessem compreender melhor as virtudes da árvore da vida. Em Sua misericórdia Deus tornou o sanatório um poder tal, em aliviar o sofrimento físico, que milhares estão sendo atraídos para ele, a fim de serem curados de suas enfermidades, e muitas vezes eles não são curados apenas fisicamente, mas recebem do Salvador o perdão de seus pecados, e se identificam inteiramente com Cristo, com Seus interesses, com Sua honra. Seus pecados são retirados e colocados na conta de Cristo. Sua justiça lhes é imputada. O bálsamo da saúde é aplicado à alma. Eles recebem a graça de Cristo e saem para comunicar a outros a luz da verdade. O Senhor os torna Suas testemunhas. Seu testemunho é: "Àquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus". Eles jamais se esquecem das orações, dos cânticos de louvor e gratidão, que ouviram quando estiveram no sanatório. Podemos compreender quanto é Deus glorificado por esta obra? -- Carta 38, 1899. Exaltar a Cristo MS 27 4 O propósito de nossas instituições de saúde não é primeiro e antes de tudo funcionar como hospitais. As instituições de saúde relacionadas com a terminação da obra do evangelho na Terra representam os grandes princípios do evangelho em toda a sua plenitude. Cristo é quem deve ser revelado em todas as instituições relacionadas com a terminação da obra, mas nenhuma delas pode fazer isso tão plenamente como a instituição de saúde à qual o enfermo e sofredor se dirige em busca de alívio e libertamento tanto dos males físicos como espirituais. Muitos desses necessitam, como o paralítico de outrora, primeiramente o perdão do pecado; e precisam aprender o "vai, e não peques mais". MS 28 1 Se um sanatório que se acha ligado com esta mensagem final deixa de exaltar a Cristo e aos princípios do evangelho como estes se acham desdobrados na mensagem do terceiro anjo, ele falha em seus aspectos mais importantes, e contradiz o próprio objetivo de sua existência. -- The Review and Herald, 29 de Outubro de 1914. Cristo deve trazer alívio e cura MS 28 2 Tenho sido instruída quanto a devermos levar os enfermos de nossas instituições a esperar grandes coisas, por causa da fé do médico no Grande Restaurador que, durante os anos de Seu ministério terrestre, andava por todas as cidades e vilas da Terra, e curava a todos os que iam a Ele. Ninguém era despedido vazio; Ele os curava a todos. Compreendam os doentes que, embora invisível, Cristo está presente para aliviar e curar. -- Carta 82, 1908. Despertar a fé no grande médico MS 28 3 Como seguidores de Cristo, cumpre-nos trabalhar com todos os métodos racionais de pregar o evangelho da verdade presente. Não só por palavras, mas por atos, devemos dar indicação de que Cristo está desejoso de unir-Se com Seus devotados ministros hoje na cura do enfermo e sofredor. O Senhor deseja despertar na mente de Seus obreiros uma fé viva em Seu poder. Quando crescermos na fé do evangelho de Cristo, e encorajarmos aquela fé como apresentada na Palavra de Deus, haverá em nossos sanatórios não apenas um conhecimento prático de como cuidar dos doentes de acordo com princípios corretos, mas a manifestação de uma fé viva no Deus que levará os obreiros a buscar o Grande Médico em favor de assistência divina. E o Senhor virá em auxílio de tais pessoas como resposta à sua fé no poder dEle. MS 28 4 Pelo fato de termos sanatórios para a cura dos enfermos, não devemos deixar de invocar ao Grande Restaurador. Não é para que dependamos apenas dos métodos simples usados, que nos é mandado estabelecer sanatórios, mas para que apontemos aos aflitos o Poderoso Restaurador da saúde. Devemos suplicar Seu poder para trabalhar em harmonia com nossos tratamentos médicos. A obra de nossos sanatórios seria muito mais bem-sucedida se os médicos lessem a Palavra com mais fervor e pusessem em prática seus preceitos; se eles pregassem o reino de Deus e orassem para que a graça restauradora de Cristo viesse sobre o aflito. MS 29 1 Preguemos o evangelho aos doentes, relacionando Jesus, o Grande Restaurador, com os remédios simples usados; e nossa fé viva será respondida. Todavia, os que vão ao Grande Restaurador devem estar dispostos a fazer Sua vontade, humilhar a alma e confessar seus pecados. Quando nos apropriarmos do poder divino com uma fé que não será negada, veremos a salvação de Deus. MS 29 2 Cristo declarou que veio para devolver a vida aos homens. Esta obra deve ser realizada pelos seguidores de Cristo, e deve ser feita pelos meios mais simples. As famílias devem ser ensinadas a cuidar dos doentes. A esperança do evangelho deve ser revivida no coração dos homens e mulheres. Devemos procurar atraí-los para o Grande Restaurador. Trabalhem os médicos de maneira inteligente no exercício de curar, não com drogas, mas seguindo métodos racionais. Depois devem eles, pela oração da fé, buscar o poder de Deus para impedir o progresso da doença. Isto inspirará nos sofredores fé em Cristo e no poder da oração, e lhes despertará confiança em nossos métodos simples de tratamento das enfermidades. Tal obra será um meio de dirigir a mente para a verdade, e será de grande eficiência na obra do ministério do evangelho. -- Carta 126, 1909. ------------------------Capítulo 3 -- O médico cristão e sua obra Responsabilidade pela alma e pelo corpo MS 31 1 Todo profissional médico, quer ele reconheça ou não, é responsável pela alma, bem como pelo corpo de seus pacientes. O Senhor espera de nós muito mais do que muitas vezes fazemos para Ele. Todo médico deve ser devotado e inteligente médico-missionário evangélico, familiarizado com os remédios do Céu para a alma enferma pelo pecado, bem como com a ciência de curar as enfermidades do corpo. MS 31 2 Ao entrar em contato diário com a doença e a morte, sua mente deve estar cheia do conhecimento das Escrituras, a fim de que do seu tesouro possa ele tirar palavras de consolação e esperança, e deixá-las cair como boa semente nos corações preparados para recebê-las. Deve incentivar os que estão prestes a sucumbir a confiarem em Cristo como o Salvador que perdoa os pecados, e prepará-los para encontrarem em paz o seu Senhor. MS 31 3 Os médicos necessitam de uma porção dobrada de religião. Dos homens que estão em qualquer profissão, os médicos são os que mais necessitam de clareza mental, pureza de espírito e daquela fé que opera por amor e purifica a alma, a fim de que possam causar a impressão correta em todos os que penetram em sua esfera de influência. O médico não só deve dar todo alívio possível aos que logo se acharão na sepultura, mas lhe incumbe também aliviar o fardo de sua alma. Apresentai-lhes o Salvador exaltado. Contemplem eles o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. ... MS 31 4 Os que entendem a ciência do cristianismo têm uma experiência religiosa pessoal. Aquele que age como protetor da saúde do corpo, deve ter tato para trabalhar em favor da salvação da alma. Enquanto o Salvador não for realmente o Salvador de sua própria alma, não saberá o médico como responder à pergunta: "Que devo fazer para que seja salvo?" ... Um lamentável erro MS 31 5 Que oportunidade tem o consagrado médico de revelar interesse cristão pelos pacientes que estão sob seu cuidado! É privilégio seu de a eles falar de maneira encorajadora, e se ajoelhar ao lado de sua cama para terem algumas palavras de oração. Colocar-se ao lado da cama do doente e nada ter para dizer, é um lamentável erro. Faça o médico de sua mente um depósito, cheio de pensamentos novos. Aprenda a repetir as palavras confortadoras que Cristo pronunciava durante Seu ministério terrestre, ao dar Suas lições e curar os enfermos. Que fale palavras de esperança e confiança em Deus. Manifestar-se-á um verdadeiro interesse. As preciosas palavras das Escrituras, que o Espírito Santo grava na mente, conquistarão corações para Jesus, seu Salvador. -- Carta 20, 1902. Fidelidade e perseverança MS 32 1 Devem os médicos revelar os atributos de Cristo, perseverando firmemente na obra que Deus lhes deu para fazerem. Aos que fazem esta obra com fidelidade, os anjos são comissionados a dar ampliadas visões do caráter e obra de Cristo, e de Seu poder, graça e amor. Dessa forma, tornam-se eles participantes de Sua imagem, e dia a dia crescem à plena estatura de homens e mulheres em Cristo. É privilégio dos filhos de Deus terem uma compreensão constantemente ampliada da verdade, a fim de que possam trazer para o trabalho o amor a Deus e ao Céu, e atrair da parte de outros o louvor e o agradecimento a Deus por causa das riquezas de Sua graça. ... MS 32 2 Os médicos devem permanecer firmes sob a bandeira da mensagem do terceiro anjo, combatendo o bom combate da fé, de maneira perseverante e vitoriosa, confiando não em sua própria sabedoria, mas na sabedoria de Deus, pondo a armadura celestial, o equipamento da Palavra de Deus, jamais se esquecendo de que têm um Líder que nunca foi, e jamais será, vencido pelo mal. -- Manuscrito 24, 1900. Levando a obra do Senhor a descrédito MS 32 3 Jamais deve o médico fazer o seu trabalho de maneira vulgar, descuidada ou ao acaso. É dever do médico aprender constantemente refinamento. Em todo sentido da palavra, deve ele ser alguém que ministre -- um servo, incumbido por um Senhor ausente, do cuidado de seus conservos. A maneira negligente, descuidada, de trabalhar de alguns de nossos médicos leva ao descrédito a obra que deveria ser mantida diante do mundo numa plataforma elevada. Quando o médico faz um trabalho medíocre, ineficiente, seus companheiros são prejudicados. -- Manuscrito 105, 1902. Atentai para a edificação do caráter MS 33 1 Se já houve alguém que necessitasse dispensar cuidadosa atenção à edificação do caráter, este são nossos médicos. Tem havido da parte de muitos deles um gradual relaxamento da piedade, do domínio próprio, da pureza, da santidade, da vigilância. É necessária uma transformação completa da mente e do espírito antes que eles possam considerar-se obreiros aceitáveis. ... MS 33 2 Somente aquele que vive cada dia e hora vida cristã, pode desempenhar corretamente os deveres de um médico. Procurem nossos médicos entender as solenes responsabilidades de sua profissão, e compreender quanto se acha envolvido no lidar com os que estão enfermos do corpo e da mente. Muitas vezes a vida do paciente está nas mãos do médico. Apenas um falso movimento do bisturi em uma operação, e a vida seria sacrificada. Que pensamento solene! MS 33 3 Quão importante que o médico esteja sempre sob o controle do Médico divino! Peça o médico que está tentando prolongar a vida que Ele o dirija em todos os seus movimentos. Se o médico sabe que ao seu lado está Alguém que é a própria vida, Alguém que pode realizar aquilo que os seres humanos não podem empreender, que confiança essa convicção não inspirará! E que bênção não será o médico no quarto do doente, se aprendeu a confiar constantemente nAquele a quem pertence a alma daqueles a quem ele ministra! Dar-lhe-á o Salvador tato e habilidade ao lidar com casos difíceis. -- Carta 61, 1904. A influência do médico MS 33 4 Os médicos que cultivam o senso da presença de Deus impressionarão seus pacientes com a influência da verdade. Quando eles mostram que crêem verdadeiramente nas palavras: "Eu sei que o meu Redentor vive, para fazer intercessão por mim, e porque Ele vive, eu também viverei", a influência disto é sentida. Os médicos pouco sabem do poder que terão no quarto dos doentes se reconhecerem a presença de Deus. Suas palavras serão de um caráter tal que causarão impressões para o bem em sua mente. ... MS 33 5 Abri todas as janelas na direção do Céu, dando as boas-vindas aos brilhantes e celestes raios do Sol da Justiça. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Viver e trabalhar sob constante impressão: "Eis que Deus está neste lugar", traz uma influência santificada, a qual o Espírito está sempre imprimindo sobre o coração e a mente. -- Manuscrito 33, 1901. Um modelo do bom discernimento MS 34 1 O Senhor deseja que sejais animosos e que tenhais palavras animosas para com os enfermos. Que o Sol da Justiça brilhe em vosso semblante. Sede verdadeiramente resolutos em vosso serviço religioso. Tornai o Senhor Jesus vosso confidente. Tornai elevado o vosso alvo, e fazei que as vossas consecuções no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo sejam mais e mais altas. -- Carta 128, 1905. Assistentes celestiais MS 34 2 O tempo que tem sido gasto em comunhão com Deus, na busca de Seu auxílio antes de tentar aliviar os que se encontravam em situação crucial, tem trazido anjos para junto do médico e seus assistentes. Tendes alcançado sucesso de acordo com a confiança que tendes tido em Deus. Ele tem estado ao vosso lado tão verdadeiramente como Cristo esteve ao lado dos que estavam sofrendo quando Ele andou entre eles na Terra. -- Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work, 40. Dai glória a Deus MS 34 3 Deus cooperará com cada médico cristão. E a Ele deve o médico dar a honra e a glória pelo sucesso que resulta de seu trabalho. A única segurança para o médico está em andar e trabalhar com humildade e fé. ... MS 34 4 Dependeis inteiramente do Grande Médico para conseguir a habilidade e poder para realizardes boa obra. Apegai-vos a Jesus. Ele vos dará agudeza de intelecto para discernirdes com prontidão, e firmeza de nervos para executardes com precisão. -- Carta 3, 1901. Deus, a eficiência do médico MS 34 5 O Senhor deve ser a eficiência de todo médico. Se na sala de operações o médico sente que está operando apenas como a visível mão ajudadora do Senhor, o Grande Médico está presente para segurar com Sua invisível mão a mão do agente humano e orientar os movimento feitos. O Senhor sabe com que temor e tremor muitos pacientes chegam ao ponto de submeter-se a uma operação como único recurso para salvar a vida. Ele sabe que eles estão em maior perigo do que já estiveram. Sentem como se sua vida estivesse nas mãos de alguém em quem confiam ser um médico habilidoso. Quando, porém, vêem o seu médico de joelhos, pedindo a Deus que faça da operação crítica um sucesso, a oração os inspira, bem como ao médico, com forte esperança e confiança. Essa confiança, mesmo nos casos mais críticos, é um meio de tornar bem-sucedida a operação. São exercidas sobre a mente aquelas impressões que Deus desejava fossem causadas. ... MS 35 1 Embora uma oração dessa espécie possa ser feita diante de descrentes e mesmo de infiéis, não obstante ela afugenta as sombras por meio das quais Satanás obscureceu a mente, e quando o sofredor é salvo da crise, a verdade toma o lugar da dúvida e da descrença. Dissipa-se a névoa de cepticismo que nublava a mente. -- Manuscrito 26, 1902. O perigo da popularidade MS 35 2 Dr. _____ não tem estado satisfeito com uma educação superficial, mas tem feito o máximo de suas oportunidades de obter um completo conhecimento do corpo humano e dos melhores métodos do tratamento das doenças. Isso lhe tem trazido influência. Ele tem conquistado o respeito da comunidade como homem de sadio discernimento e fina percepção -- alguém que raciocina cuidadosamente da causa para o efeito; e é grandemente estimulado por sua cortesia e integridade cristã. Mas há outros também que podem tornar-se homens de influência, confiança e poder nessa instituição. ... MS 35 3 Em 23 de Novembro de 1879 algumas coisas me foram mostradas com referência às instituições que há entre nós, e os deveres e perigos dos que ocupam posição de liderança em relação com elas. Vi que o Dr. _____ foi despertado para realizar uma obra especial como instrumento de Deus, para ser guiado, orientado e controlado por Seu Espírito. Ele deve responder aos reclamos de Deus, e jamais sentir que se pertence a si mesmo, que pode empregar suas faculdades como julga mais proveitoso. Embora seja seu propósito andar e agir corretamente, com certeza ele errará, a não ser que seja um aluno constante da escola de Cristo. Sua segurança está em andar humildemente com Deus. Segurança apenas por milagre MS 36 1 Os perigos lhe rondam o caminho, e se ele sair vitorioso terá sem dúvida um cântico triunfante para entoar na Cidade de Deus. Ele tem fortes traços de caráter que precisarão ser reprimidos constantemente. Se mantidos sob o controle do Espírito de Deus, esses traços serão uma bênção; mas se não, revelar-se-ão uma maldição. Se o Dr. _____, que está agora na onda da popularidade, não ficar aturdido, será um milagre da misericórdia. Se ele se apoiar em sua própria sabedoria, como tantos nessas condições têm feito, sua sabedoria se provará uma loucura. Enquanto se dedicar desinteressadamente à obra de Deus, jamais se desviando no mínimo que seja do princípio, o Senhor lançará em torno dele os eternos braços e Se lhe revelará um poderoso Ajudador. "Aos que Me honram, honrarei." ... Os maus traços fortalecidos pela condescendência MS 36 2 Enquanto ele fizer de Deus a sua força, e O amar e temer, será adequadamente equilibrado; mas não há dúvida de que se perder sua relação com Deus e procurar prosseguir em suas próprias forças, essa mesma vontade que se tem provado uma bênção, revelar-se-á um dano para si mesmo e para outros. Ele se tornará dominador, tirânico, exator e ditador. Em nenhuma circunstância, deve-se permitir que esses traços adquiram ascendência; pois eles se fortalecerão pela condescendência e logo se tornarão um poder dominador. Seu caráter se tornará dessa forma desequilibrado, e isso o desqualificará para a obra de Deus. ... MS 36 3 Deus pede completa e inteira consagração, e não aceitará nada menos do que isto. Quanto mais difícil vossa posição, tanto mais necessitais de Jesus. O amor e o temor de Deus conservaram José puro e imaculado na corte do rei. Ele foi exaltado a grandes riquezas, à elevada honra de ser o primeiro depois do rei; e essa elevação foi tão repentina quão grande. Exemplos de sucesso na humildade MS 36 4 É impossível permanecer sem perigo sobre um pico elevado. A tempestade deixa incólume a modesta flor do vale, enquanto luta com a altaneira árvore que se acha sobre o topo da montanha. Há muitos homens aos quais Deus poderia ter usado com maravilhoso sucesso quando opressos pela pobreza -- Ele poderia tê-los feito úteis aqui, coroando-os com glória no futuro -- mas a prosperidade os arruinou; foram arrastados para o abismo, porque se esqueceram de ser humildes, esqueceram-se de que Deus era sua força, e se tornaram independentes e auto-suficientes. Estes perigos vos dizem respeito. MS 37 1 José suportou a prova do caráter na adversidade, e o ouro não perdeu o seu brilho na prosperidade. Demonstrou para com a vontade de Deus, quando estava junto ao trono, a mesma elevada consideração que revelou quando na cela de prisioneiro. José levava sua religião para onde quer que fosse, e este foi o segredo de sua inquebrantável fidelidade. Como homens representativos, deveis possuir o poder todo-penetrante da verdadeira piedade. Afirmo-vos, no temor de Deus, que vosso caminho está cercado de perigos que não vedes nem sentis. Deveis abrigar-vos em Jesus. Não estareis a salvo enquanto não segurardes a mão de Cristo. Deveis precaver-vos contra tudo o que se assemelha a presunção, e alimentar aquele espírito que prefere sofrer a pecar. Nenhuma vitória que possais alcançar terá metade do valor da conseguida sobre o eu. -- Testimonies to Physicians and Helpers, 7-27. A principal obra do médico MS 37 2 O Redentor espera que nossos médicos façam da salvação das almas seu principal trabalho. Se eles andarem e trabalharem com Deus, em Seu amor e temor, receberão folhas da árvore da vida para dar aos sofredores. Sua paz os acompanhará, tornando-os mensageiros da paz. MS 37 3 Não basta lermos as Escrituras. Devemos pedir ao Senhor que encha nosso obstinado coração de Seu Espírito, a fim de que possamos compreender o significado de Suas palavras. A fim de podermos ser beneficiados pela leitura das palavras de Cristo, cumpre que façamos aplicação correta delas aos nossos casos individuais. MS 37 4 Foi-nos dada uma mensagem que excede em importância a qualquer outra já confiada a mortais. Para apresentar esta mensagem a João, Cristo veio em pessoa à ilha de Patmos. Ele lhe disse que escrevesse o que visse e ouvisse durante a visão, para que as igrejas soubessem o que devia vir sobre a Terra. Compreendem nossos obreiros médicos a importância da mensagem do Apocalipse? ... MS 37 5 As palavras: "Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor", aplicam-se a muitos que vivem neste tempo. Deus pede imediato arrependimento e reforma. É tempo para que ocorra uma grande mudança entre o povo que aguarda o segundo aparecimento de seu Senhor. Em breve ocorrerão coisas estranhas. Deus nos considera responsáveis pela maneira em que tratamos a verdade. Nossa pureza de fé e ação decidirá o nosso futuro. MS 38 1 Deus insta conosco. A cada homem deu Ele a sua obra. Cada qual deve fazer sua parte. Deve-se dar um claro e decidido testemunho, pois deve ser preparado um povo para experimentar um tempo de tribulação como nunca houve desde que houve nação. -- Manuscrito 136, 1902. Preparar as almas para a morte MS 38 2 Tem-se feito muitas vezes a pergunta: Deve o médico considerar seu dever apresentar a verdade a seus pacientes? Depende das circunstâncias. Em muitos casos, tudo o que se deve fazer é apresentar a Cristo como um Salvador pessoal. Há os que só seriam prejudicados, caso lhes fosse exposta alguma nova doutrina que não estivesse de acordo com seus pontos de vista anteriores. Deus deve dirigir esta obra. Ele pode preparar as mentes para receberem a palavra da verdade. É tanto um dever do médico preparar as almas que estão diante dele para o que deve acontecer, como o é ministrar às suas necessidades físicas. Elas devem conhecer o seu perigo. Seja ele um fiel despenseiro de Deus. Que ninguém seja lançado na eternidade sem uma palavra de advertência ou de aviso. Não podeis negligenciar isto e ser despenseiros fiéis. Deus requer que sejais verdadeiros para com Ele onde quer que estejais. Há uma grande obra para ser feita. Lançai mãos dela, e fazei-a inteligentemente. Deus auxiliará a todo que faz isto. -- Manuscrito 62, 1900. O dever de ser verdadeiro MS 38 3 Nunca, jamais deve o médico achar que pode fugir à verdade. Nem sempre é seguro e melhor expor perante o enfermo toda a extensão do seu perigo. Pode-se não dizer a verdade toda em todas as ocasiões, mas nunca profirais uma mentira. Se é importante para o enfermo não alarmá-lo, temendo que tal conduta possa ser fatal, não lhe mintais. ... MS 38 4 A fé e os princípios religiosos têm-se tornado deteriorados, misturados com costumes e práticas mundanos, e por essa razão rara é a religião pura e imaculada. A alma, a preciosa alma, é de valor, e deve ser branqueada no sangue do Cordeiro. A força e a graça de Deus foram providas com um infinito sacrifício para que possais ser vitoriosos sobre as sugestões e tentações de Satanás e aparecer puros e incontaminados como José e Daniel. Que a vida e o caráter sejam o mais forte argumento em favor do cristianismo, pois por meio destes serão os homens impelidos a saber a vosso respeito que estivestes com Jesus e dEle aprendestes. A vida, as palavras e o comportamento são o mais poderoso argumento, o mais solene apelo, ao desatento, irreverente e céptico. ... MS 39 1 Todos necessitais de uma religião viva, para que possais permanecer como testemunhas de Deus, proclamando aos enfermos que o pecado é sempre seguido de sofrimento; e enquanto combateis o sofrimento e a doença, deveis expor claramente perante eles o que sabeis ser a verdadeira causa, e o remédio -- "Deixai de pecar"; e apontar-lhes o Salvador que perdoa o pecado. -- Manuscrito 4a, 1885. Conduzindo as almas para o poderoso restaurador MS 39 2 Em nenhum outro ramo da obra deve a verdade brilhar com mais fulgor do que na obra médico-missionária. Todo verdadeiro médico-missionário tem um remédio para a alma enferma pelo pecado, bem como para o corpo enfermo. Pela fé em Cristo deve ele agir como um evangelista, um mensageiro de misericórdia. Enquanto usa os remédios simples que Deus proveu para a cura do sofrimento físico, deve falar do poder de Cristo para curar as enfermidades da alma. MS 39 3 Por meio dos esforços do médico cristão, a acumulada luz do passado e do presente deve produzir seus efeitos. Não só deve o médico dar instrução da Palavra de Deus, preceito sobre preceito, regra sobre regra; cumpre-lhe regar com lágrimas estas instruções e torná-las vigorosas com suas orações, para que as almas sejam salvas da morte. ... MS 39 4 Em sua obra de lidar com a doença e a morte, estão os médicos em perigo de perder a solene realidade do futuro da alma. Em sua intensa, febril ansiedade de afastar o perigo do corpo, há o risco de que eles negligenciem o perigo da alma. Eu vos diria: Estai em vossa guarda; pois deveis encontrar diante do trono do juízo de Cristo vossos pacientes que agonizam. -- Carta 120, 1901. Deveres evangelísticos MS 40 1 Nossos médicos necessitam de uma intuição mais profunda da obra evangelística que Deus espera que eles façam. Lembrem-se eles de que se não trabalham pela cura da alma, bem como em favor da cura do corpo, não estão seguindo o exemplo do grande Médico-Missionário. Estudem diligentemente a Palavra de Deus, a fim de que possam familiarizar-se com suas promessas e possam ser capazes de, com ternura e amor, indicar aos pecadores o Grande Restaurador. Foi para trazer cura espiritual, bem como física aos enfermos, que nossos sanatórios foram estabelecidos. MS 40 2 O médico deve ser um constante recebedor da graça de Cristo. Deve lembrar-se de que o médico temente a Deus está autorizado a considerar-se um cooperador de Deus. O Salvador está desejoso de auxiliar a todos que clamam a Ele por sabedoria e clareza de idéia. E quem, mais do que o médico, de cujas decisões tantos dependem, necessita de sabedoria e clareza de pensamento? MS 40 3 O Senhor deseja que nossos médicos cooperem com Ele ao tratarem os doentes, mostrando mais fé e usando menos drogas. Confiemos em Deus. Nossa fé é fraca, e nosso coração continua não transformado. Deus deseja que ocorra uma mudança. Ele diz: "Também vos darei um novo coração". Quando esta promessa se cumprir para com o povo de Deus, o estado de coisas será bem diferente do que é agora. -- Manuscrito 14, 1904. Um anelo mais profundo pelas almas MS 40 4 Deve-se levar para a obra médico-missionária mais do anseio pelas almas. Foi este anseio que ocupou inteiramente o coração dos que estabeleceram nossa primeira instituição médica. Cristo deve estar presente no quarto dos enfermos, enchendo o coração do médico com a fragrância do Seu amor. Quando sua vida for tal que Cristo possa acompanhá-lo ao lado do leito dos enfermos, virá a estes a convicção de que Cristo, o compassivo Salvador, está presente, e essa convicção muito fará para restaurar-lhes a saúde. MS 40 5 Por palavra e exemplo, devem os médicos e enfermeiros de nossas instituições médicas dizer, de maneira tão clara que não possa ser mal compreendido: "Deus está neste lugar", para salvar, não para destruir. Cristo convida nossos médicos a se tornarem familiarizados com Ele. Quando responderem ao Seu convite, saberão que recebem as coisas que pedem. Sua mente será iluminada pela sabedoria do alto. Ao contemplarem constantemente o Salvador, tornar-se-ão mais e mais semelhantes a Ele, até por fim poder dizer-se deles nas cortes celestiais: "Estais perfeitos nEle". Cristo Se penhorou para dar aos Seus discípulos o que eles pedem em Seu nome. Quando trabalham em harmonia com Ele, podem pedir-Lhe que os auxilie em todo tempo de necessidade. -- Manuscrito 14, 1904. Tomai tempo para comungar com Deus MS 41 1 O médico que é verdadeiramente convertido não acumulará para si mesmo responsabilidades que interfiram com sua obra em favor das almas. É um erro colocar sobre o médico cristão, a quem Deus designou para representá-Lo em Sua própria maneira, tantas responsabilidades que ele não disponha de tempo para comungar com Deus, ler Sua Palavra e orar. Cristo declara: "Sem Mim nada podeis fazer". Como, pois, pode o médico-missionário empenhar-se com sucesso em sua importante obra sem buscar fervorosamente ao Senhor em oração? A oração e o estudo da Palavra trazem vida e saúde ao obreiro crente. -- Manuscrito 159, 1899. A um jovem médico desanimado MS 41 2 Meu coração está atraído a ti. O Senhor não te abandonou. Ele é um Deus de terna compaixão e de extraordinária bondade, e não deseja que andes na escuridão. Não precisas soçobrar; pois o Senhor diz a teu respeito: "Sua vida não precisa ser um fracasso. Eu o farei Meu. Mostrar-lhe-ei que prezo sua alma. Empenhar-Me-ei com ele e o erguerei. Ele não deve perecer. Tenho uma obra especial para ele realizar. Se ele se unir comigo, crer em Mim e trabalhar para Mim, seus mais fracos pontos de caráter, a despeito de suas faltas passadas, tornar-se-ão seus pontos mais fortes." MS 41 3 Não conserves tua mente fixa no exemplo falho de professos cristãos. Verás em sua vida, naturalmente, coisas que não estão certas. Mas se te demorares olhando para suas faltas, tornar-te-ás semelhante a eles. Em lugar de olhar para a vida de teus semelhantes, olha para Jesus. Aí não verás nenhuma imperfeição, mas perfeição, justiça, bondade, misericórdia e verdade. Toma como exemplo em todas as coisas o Salvador. É ao olhar para os homens, em lugar de contemplar a Cristo, que cometeste teu grande erro. Sem escusas MS 42 1 Não és desculpado por viver uma vida não cristã. Cristo veio a este mundo, sujeitou-Se à vontade de Seu Pai, com um grande propósito -- mostrar aos homens e mulheres o que Deus deseja que eles sejam e o que, mediante Sua graça, podem ser. Veio facultar ao homem um caráter semelhante ao do Céu. MS 42 2 Mas não comecei a escrever esta carta para condenar-te, mas para animar-te a desviar o olhar dos exemplos pecaminosos para o Exemplo perfeito; para indicar-te o caminho da paz e da santidade. O misericordioso amor do Senhor ainda te está favorável. Todavia, Ele deseja que sigas um caminho melhor do que o que tens seguido no passado. Deves fazer isto, não conservando fixos os olhos na vida defeituosa de professos cristãos, mas contemplando a Cristo, o enviado de Deus, que viveu neste mundo, na natureza humana, uma vida pura, nobre e perfeita, deixando um exemplo que todos podem seguir em segurança. MS 42 3 O Senhor está estendendo a mão para salvar-te. Anseio por ver-te respondendo ao Seu convite: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." ... MS 42 4 Tem havido muitas coisas para te tentar a desviar-te da tua obediência à verdade, mas o Salvador tem estado desejoso de guiar-te em cada passo. É a jovens que o Senhor chama como Sua mão auxiliadora. Samuel era apenas uma criança quando o Senhor o usou para fazer um bom e delicado trabalho. ... Edificando um caráter para a eternidade MS 42 5 Pelo fato de alguns servirem do lado do inimigo, nem todos necessitam abandonar o Senhor. Recolhe para tua alma a luz da Palavra de Deus. Lembra-te de que dia a dia estás edificando caráter para o tempo e para a eternidade. MS 42 6 O ensinamento da Bíblia com respeito à edificação do caráter é bem explícito. "E tudo o que fizeres, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus." Coloca-te sob Seu controle, e depois pede Seu poder protetor. Ele deu a vida por ti. Não Lhe causes pesar. Toma cuidado com tudo o que disseres e fizeres. Cristo deseja que sejas Seu representante para outros jovens, Seu delegado médico-missionário do evangelho. MS 43 1 Lembra-te de que em tua vida a religião não deve ser meramente uma influência entre outras. Deve ela ser uma influência que domine todas as demais. Sê estritamente temperante. Resiste a toda tentação. Não faças nenhuma concessão ao ardiloso inimigo. Não dês atenção às sugestões que ele põe na boca de homens e mulheres. Tens uma vitória a ganhar. Tens nobreza de caráter a conseguir; mas não podes alcançar isso enquanto estiveres deprimido e desanimado pelo fracasso. Parte as algemas com as quais Satanás te prendeu. Não há nenhuma necessidade de que sejas seu escravo. "Vós sereis Meus amigos", disse Cristo, "se fizerdes o que Eu vos mando." MS 43 2 Jesus te ama, e me deu uma mensagem para ti. Seu magnânimo coração de infinita bondade anela por ti. Ele te envia a mensagem de que podes recuperar-te dos ardis do inimigo. Podes conquistar novamente teu respeito próprio. Podes estar onde consideres não um fracasso, mas um vencedor, sob a influência enaltecedora do Espírito de Deus, e por meio dela. Apodera-te da mão de Cristo, e não a deixes escapar. MS 43 3 Podes ser uma grande bênção para outros se te entregares sem reservas ao serviço do Senhor. Ser-te-á concedido poder do alto se tomares posição ao lado do Senhor. Por meio de Cristo podes escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo, e ser um nobre exemplo do que Cristo pode fazer pelos que cooperam com Ele. Escolha das companhias MS 43 4 Não escolhas a companhia dos que são servos do pecado, colocando-te assim em tentação. A nobreza de caráter não é conseguida unindo-se a pessoa em sociedade objetável. Não ponhas de lado os grandes reclamos da Palavra de Deus. Tua única esperança está em colocar-te em relação correta para com Deus. Pensavas que poderias endurecer o coração de tal maneira que te tornarias indiferente à verdade e à justiça. Mas não conseguiste isso. Tens ansiado por segurar a mão dAquele que pode ser um esteio, uma força, um suporte. MS 43 5 O propósito de Deus a nosso respeito é que avancemos sempre para o alto. Mesmo nos menores deveres comuns da vida devemos crescer continuamente na graça, supridos com elevados e santos motivos, poderosos porque procedem dAquele que deu a Sua vida para prover-nos do incentivo de sermos inteiramente bem-sucedidos em formar caráter cristão. MS 44 1 Cristo fez expiação por ti. Não deves seguir através da vida com um caráter formado pela metade. Cumpre-te ser forte na força de Deus, fundamentado na esperança do evangelho. Tens conhecimento dos reclamos de Deus, e te peço que não continues sendo um fraco. ... MS 44 2 Estou muito confiante em que te tornarás tudo o que o Senhor pretende que sejas -- um médico-missionário evangélico. Deves ser não só um médico cada vez mais competente, mas um dos missionários escolhidos do Senhor, que ponha o Seu serviço em primeiro lugar em todos os empreendimentos. Dar a Cristo o melhor MS 44 3 Nada perturbe tua paz. Dedica as melhores e mais santas afeições Àquele que deu a vida para que pudesses estar entre a família redimida nas cortes celestiais. O esforço pela coroa da vida não te tornará insatisfeito nem menos útil. O Grande Mestre deseja conhecer-te como Sua mão ajudadora. Ele pede tua cooperação. Não Lhe darás agora tudo que tens e és? Não consagrarás teus talentos ao serviço dEle? MS 44 4 Esta vida é tua oportunidade de semear. Não te empenharás para com Deus de modo que a semente que semeares seja do tipo que produza, não joio, mas uma colheita de trigo? Deus cooperará contigo; Ele aumentará tua utilidade. Confiou-te Ele talentos que em Sua força podes usar para produzir uma preciosa ceifa. -- Carta 228, 1903. A um médico em perplexidade MS 44 5 Tenho desejado muito ter oportunidade para falar-te. Se pudesse ver-te, dir-te-ia o que estive conversando contigo em visões da noite. Estavas visivelmente indeciso quanto ao que deverias fazer no futuro. Perguntei-te: "Por que estás perplexo?" Respondeste: "Estou perplexo com respeito a qual a melhor conduta que devo seguir." Então Aquele que tem autoridade Se aproximou de ti e disse: "Não sois de vós mesmos. Fostes comprados por preço." Teu tempo, talentos, cada jota de tua influência, é propriedade do Senhor. És Seu servo. Teu dever é cumprir Sua ordem, e aprender diariamente dEle. Não deves dedicar-te a ocupações para ti mesmo. Não é este o plano do Senhor. Não deves unir-te com descrentes em obra médica. Nem é este o plano do Senhor. Sua palavra a ti é: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o Maligno? ou que união do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como Ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo." ... MS 45 1 Deves receber a graça de Cristo, o grande Médico-Missionário. Sua sabedoria divina te será outorgada se te recusares ceder à inclinação de ligar-te com o mundo. Deus deseja que te coloques onde possas trabalhar em ligação com outros médicos. Tu e aquele com quem estás associado podeis não ser do mesmo temperamento. É melhor que não o sejais. O que um necessita o outro pode suprir, se cada um aprender a levar o jugo de Cristo. ... MS 45 2 Meu irmão, escolhe obedecer a Cristo. Na mansidão e humildade dEle, recebe Seu conselho. Permanece ombro a ombro com teus irmãos, e isso os estimulará a permanecer ombro a ombro contigo. Esconde o eu em Cristo, e o Salvador ser-te-á um auxílio presente em todo tempo de necessidade. Comunicar o amor de Deus MS 45 3 O povo de Deus tem muitas lições a aprender. Terão perfeita paz se mantiverem a mente firme nAquele que é demasiado sábio para errar, e bom demais para lhes fazer dano. Devem eles apanhar o reflexo do sorriso divino, e fazê-lo incidir sobre outros. Devem ponderar quanta luz divina podem levar para a vida dos que os cercam. Devem conservar-se perto de Cristo, tão perto que se assentem junto dEle, como filhinhos Seus, em doce e sagrada união. Não devem jamais esquecer-se de que, recebendo o afeto e o amor de Deus, estão sob a mais solene obrigação de comunicá-lo aos outros. Deste modo poderão exercer uma influência regozijante, que será uma bênção a todos os que estiverem ao seu alcance, iluminando-lhes a vereda. -- Mente, Caráter e Personalidade 378, 379. MS 46 1 Aqui é onde o povo de Deus comete tantos erros. Não expressam gratidão pela grande dádiva do amor e da graça de Deus. O egoísmo deve ser expulso da alma. Importa que o coração seja purificado de toda inveja, de toda ruim suspeita. Cumpre que os crentes recebam e comuniquem constantemente o amor de Deus. Então os descrentes dirão a seu respeito: "Eles estiveram com Jesus, e dEle aprenderam. Estão vivendo em íntimo companheirismo com Cristo, que é amor". O mundo tem agudeza de percepção, e tomará conhecimento com algum proveito, dos que se assentam nos lugares celestiais em Cristo Jesus. O caráter dos instrumentos humanos de Deus deve ser um transcrito do caráter de seu Salvador. ... Ligar-se com os irmãos MS 46 2 Eu te escrevo isto, prezado irmão, na esperança de auxiliar-te. Estás em inquieto estado mental, e tentado a realizar uma obra estranha que Deus não te mandou fazer. Nenhum de nós deve lutar sozinho; devemos unir-nos a nossos irmãos, e avançar juntos, e Deus nos dará influência e domínio próprio. Devemos achegar-nos a Deus, para que Ele Se achegue a nós. MS 46 3 Ninguém consegue perfeição em Cristo se, tendo os meios de alcançar uma experiência mais profunda nas coisas de Deus, deixa de compreender que cada raio da luz celestial, todo jota de bênção, é-lhe concedido para comunicar a todos os que entram em sua esfera de influência. Se nos estivermos qualificando para viver no Céu, estar-nos-emos diariamente aproximando cada vez mais de nosso Redentor. Devemos representar a Cristo em cada aspecto de nosso caráter. MS 46 4 Qual a prova bíblica do caráter? "Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada." Ninguém precisa perecer na cegueira espiritual. Um claro "Assim diz o Senhor" foi dado para orientação de todos. -- Carta 40, 1903. Aconselhai-vos com vossos irmãos MS 46 5 Não recuseis unir-vos com vossos irmãos, temendo que se vos puserdes em igualdade com eles não sereis capazes de fazer tudo o que vosso próprio discernimento possa sugerir. Os obreiros de Deus devem aconselhar-se juntamente. Pastores, médicos ou diretores estão andando em caminho errado quando se consideram como um todo completo; quando acham que não necessitam de conselho de homens de experiência, que têm sido guiados pelo Senhor, os quais, ao avançarem em abnegação na promoção do trabalho, deram provas de que eram guiados e controlados pelo Espírito Santo e estavam assim capacitados a falar, planejar e agir sábia e inteligentemente. MS 47 1 O Senhor chama homens que estejam dispostos a se porem no jugo com Cristo e com seus irmãos; homens que estejam dispostos a se esforçarem para ser inteiramente aquilo que devem ser a fim de levar avante a obra de Deus de maneira inteligente; homens que olhem para Jesus, atendendo ao convite: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." -- Carta 13, 1902. Deverá o eu governar? MS 47 2 Há necessidade de que cada médico se examine a si mesmo crítica e acuradamente. Qual é sua experiência religiosa? Permite ele que o eu governe? Torna supremos suas próprias vontades e desejos? Mantém a glória de Deus sempre diante de si? Está aprendendo diariamente de Jesus? Se esta é a vossa experiência, aqueles com quem estais relacionados serão levados para mais perto do Salvador. Por quê? Porque estais contemplando constantemente Aquele que é o caminho, a verdade e a vida. ... Tentação de sentir-se auto-suficiente MS 47 3 Desejo dizer que há o perigo de nossos médicos tomarem a si mesmos em suas próprias mãos, pensando que sabem melhor o que devem fazer. Pensam eles que os que lhes oferecem conselho não compreendem suas aptidões nem apreciam seu valor. Esta é uma pedra de tropeço sobre a qual pelo menos alguns têm caído. Não estais livres da tentação de pensar que podeis fazer melhor trabalho sozinhos do que quando ligados com vossos irmãos. Os mesmos que pensam isso são os que necessitam do companheirismo e da ajuda de um colega de trabalho. MS 47 4 Meu irmão, o Senhor necessita de tua ajuda em Seu trabalho. Não serás Sua mão ajudadora? Ser-te-ia grave erro aceitar uma posição mundana, na qual não te seria possível fazer a obra médico-missionária que Deus deseja que faças. Não cometas esse erro. Coloca-te sob a orientação do maior Médico-Missionário que o mundo já conheceu. Sob Sua direção conseguirás ampliadas aptidões para fazer Sua obra. MS 48 1 Por meio de um viver cristão, deve o povo do Senhor testificar que Deus tem na Terra um povo que representa o grupo puro e santo que se encontrará ao redor do trono de Deus quando os redimidos forem reunidos dentro da Cidade Santa. Os que neste mundo amam e obedecem a Deus serão considerados verdadeiros, puros e leais, dignos de habitar com Ele nas cortes celestiais. -- Carta 41, 1903. Um apelo em favor da união fraternal MS 48 2 Temer a Deus e andar com Ele é privilégio e dever de todo médico. Foi-me mostrado que Satanás insiste em suas tentações com maior força sobre os médicos que se acham entre nosso povo do que sobre os que não pertencem à nossa fé. É obra de Satanás despertar orgulho e ambição, egoísmo e amor à supremacia, para que ele possa impedir aquela união forte e fraternal que deve existir entre os médicos, a qual daria vigor a seus planos e iria longe em garantir sucesso em todos os seus empreendimentos. Em todas as nossas instituições devem os médicos que crêem na verdade lutar pela harmonia. MS 48 3 Não deve existir nenhuma rivalidade. A discórdia e a rivalidade são mesmo mais ofensivas a Deus quando manifestas entre os médicos do que entre os que se dizem chamados para o ministério; pois o médico piedoso é embaixador de Cristo para apresentar a palavra de vida aos sofredores que estão renunciando ao seu apego a esta vida. Se tiver sabedoria para falar uma palavra em ocasião oportuna, levando o sofredor a confiar em Jesus, ele poderá ser o instrumento nas mãos de Deus para salvação da alma. Quão firmemente fortificada deve ser a alma do médico, para que os pensamentos impuros e sensuais aí não encontrem guarida! MS 48 4 Foi-me mostrado que muito se perde quando os médicos de nossa fé se afastam mutuamente por causa de seus métodos diferentes de agir. Devem-se realizar reuniões de médicos, nas quais possam todos aconselhar-se juntos, trocando idéias e fazendo planos de acordo com os quais possam trabalhar de maneira unida. O Senhor criou o homem para companheirismo, e deseja que sejamos imbuídos da bondosa e amorável natureza de Cristo, e, por meio da associação, estejamos ligados uns aos outros em íntima relação como filhos de Deus, realizando a obra para o tempo e para a eternidade. ... Os médicos devem aconselhar-se juntamente MS 49 1 No amor e temor de Deus, realizem os médicos reuniões para se aconselharem e discutirem a melhor maneira e meios de servir ao Senhor no ramo de Sua grande obra no qual estão empenhados. Reúnam toda a sua inteligência e habilidade, para que possam ser um auxílio um ao outro. Sei que há meios pelos quais podem entrar em harmonia, de maneira que nenhum siga seu próprio juízo independente. -- Carta 26a, 1889. Um pesquisador da causa e efeito MS 49 2 O médico cristão inteligente tem um crescente conhecimento da relação entre o pecado e a doença. Esforça-se constantemente para aperfeiçoar seu conhecimento da relação entre causa e efeito. Vê a necessidade de ensinar os que estão fazendo o curso de enfermagem a serem estritamente temperantes em todas as coisas, pois o descuido referente às leis da saúde, uma negligência quanto ao cuidado devido para com o corpo, é a causa de muitas enfermidades de nosso mundo. Deixar de cuidar da máquina viva é um insulto ao Criador. Há regras divinamente indicadas que, se observadas, conservarão os seres humanos livres das enfermidades e da morte prematura. ... MS 49 3 Ao ver o médico que a doença que se apossou do corpo é resultado do comer e beber impróprios, e contudo negligencia dizer ao paciente que seu sofrimento é causado por uma maneira de agir errada, está causando um prejuízo à família humana. Apresentai o assunto de maneira bondosa, mas nunca fiqueis silenciosos quanto à causa do sofrimento. -- Carta 120, 1901. O médico como observador do Sábado MS 49 4 Cristo foi adventista do sétimo dia, para todos os efeitos e propósitos. Foi Ele quem chamou Moisés ao monte e lhe deu instruções para Seu povo. ... Com impressionante esplendor tornou Cristo conhecida a lei de Jeová, dando, entre outras instruções, esta: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar." Meu irmão, não tens atribuído ao sábado a santidade requerida por Deus. A irreverência impera, e é dado um exemplo que o Senhor não aprova. Ele não é honrado e glorificado. MS 50 1 Haverá sempre deveres que têm de ser cumpridos no sábado para alívio da humanidade sofredora. Isso está certo, e de acordo com a lei dAquele que diz: "Misericórdia quero, e não sacrifício". Mas há perigo de cair em descuido sobre este ponto, e de fazer no sábado o que não é realmente indispensável. MS 50 2 Fazem-se no sábado viagens desnecessárias, e muitas outras coisas que poderiam ficar por fazer. "Atenta", diz o Senhor, "para todos os teus caminhos, para que Eu não retire o Meu Espírito Santo por causa da negligente consideração dispensada aos Meus preceitos." "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." Tem em mente a exortação: "Lembra-te." Não te esqueças por negligência: "Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra". Nesse tempo, devem-se realizar todos os deveres necessários ao preparo para o sábado. -- Carta 51, 1901. Descanso para o cansado MS 50 3 Grandes são as tentações que sobrevêm a um médico, pois ele é muitas vezes pressionado, sobrecarregado e fatigado além da medida. Se, porém, confia a guarda de sua alma a Deus como a um fiel Criador, encontrará repouso e paz. Sobrevir-lhe-á uma influência calmante, procedente de Cristo. MS 50 4 Médicos infiéis há em quantidade. Eles se recusam ser iluminados pela luz que alumia a outros. Exaltam o eu, e perdem as vantagens espirituais e eternas. Mas os médicos profissionais que têm a influência da verdade na mente e no coração, são habilidosos no uso de remédios para a alma enferma pelo pecado, bem como para o corpo. Com a sabedoria do Céu podem pronunciar palavras que despertarão melodias na alma por causa do crescimento espiritual. MS 50 5 És pastor da alma, bem como médico do corpo. Necessitas do auxílio divino, e podes obtê-lo se fores ao Senhor como uma criancinha. Podes ter uma rica experiência. Mas não deves extenuar-te pelo excesso de preocupação e sobrecarga. Se fores equilibrado pelo Espírito Santo, buscarás primeiro o reino de Deus e Sua justiça. Colocar-te-ás numa posição na qual a verdade para este tempo possa vir-te em raios de luz claros e distintos. Verás a verdade como esta se relaciona com o tempo presente, e tua experiência estará em completa harmonia com a mensagem do terceiro anjo. ... Contemplar o eterno e o invisível MS 51 1 Não podemos conservar os olhos fitos nas coisas que se vêem, e ao mesmo tempo apreciar as realidades eternas. Necessitamos, e especialmente vós que estais ligados com as aflições e necessidades da humanidade, de conservar os olhos da fé na contemplação do eterno e do invisível, a fim de que possais tornar-vos mais e mais conhecedores com respeito ao grande plano de Deus de levar esses sofredores a discernirem o valor da alma humana. Deveis ter em maior estima o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito. MS 51 2 Vêm-vos desencorajamentos, eu o sei, e aflições vos oprimem a alma, e quase vos esqueceis de que Jesus é vosso Ajudador, e de que Seus olhos estão sobre vós a todo instante. Na execução de vossos planos para o benefício e alívio da humanidade, tende sempre em mente que não sois vós quem está fazendo a obra. Cristo pede que aceiteis Seu jugo, e leveis Seus fardos. O grande e compassivo coração de Cristo está sempre a identificar-se com a humanidade sofredora. Não podeis por vós mesmos fazer coisa alguma. Considerai-vos como instrumentos nas mãos de Deus, e deixai que Sua mente, Sua paz e Sua graça governem no coração e na vida. MS 51 3 Sede a trama no tecido de Deus, para realizar o Seu desenho. Nunca podeis dirigir-vos a vós mesmos. Jamais podeis colocar-vos na posição de qualquer sucesso. Deveis trabalhar como instrumentos cooperadores de Deus. "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Aqui estão os elementos combinados -- Deus e o instrumento humano, ambos trabalhando harmoniosamente. -- Carta 97, 1894. Escondendo o eu em Cristo MS 51 4 Em havendo alcançado um ponto elevado em sua profissão, o Dr. John Cheyne não se esqueceu de suas obrigações para com Deus. Certa vez escreveu ele a um amigo: "Você talvez deseje saber o estado de minha mente. Estou humilhado até ao pó ao pensamento de que não há um ato de minha atarefada vida que resista ao olhar de um Deus santo. Mas quando medito no convite do Redentor: 'Vinde a Mim', e que aceitei este convite; e, além disso, minha consciência testifica que desejo ardentemente que minha vontade em todas as coisas se conforme com a vontade de Deus, então tenho paz; tenho o repouso prometido por Aquele em quem não foi encontrado nenhum engano." MS 52 1 Antes de sua morte esse eminente médico ordenou que, perto do local onde jazeria seu corpo, fosse erigida uma coluna sobre a qual deviam ser inscritos estes textos, como vozes da eternidade: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei." "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor." MS 52 2 E enquanto o Dr. Cheyne assim se esforçava, para mesmo da sepultura chamar os pecadores para o Salvador e para a glória, ocultava o seu próprio nome, omitindo-o da coluna. Ele não foi menos cuidadoso ao dizer, como falando aos transeuntes: "O nome, a profissão e a idade daquele cujo corpo se acha embaixo são de pouca importância, mas pode ser-vos de grande importância saber que pela graça de Deus foi ele levado a olhar para o Senhor Jesus como o único Salvador dos pecadores, e que este olhar para Jesus lhe trouxe paz à alma." "Orai a Deus, orai a Deus", diz, "para que sejais instruídos no evangelho; e estai certos de que Deus dará o Espírito Santo, o único Ensinador da verdadeira sabedoria, aos que Lho pedirem." Esse monumento destinava-se a atrair a atenção de todos para Deus e fazê-los perder de vista o homem. MS 52 3 Esse homem não trouxe escárnio sobre a causa de Cristo. Digo-te, prezado irmão, em Cristo podemos fazer todas as coisas. É um estímulo lembrar que tem havido médicos que foram consagrados a Deus, que foram guiados e ensinados por Deus; e pode haver tais nesta época -- médicos que não se exaltam a si mesmos, mas que andam e trabalham tendo em vista a glória de Deus, homens verdadeiros ao princípio, verdadeiros ao dever, que sempre se voltam para Jesus em busca de Sua luz. ... MS 52 4 Quando examinamos os registros do passado, surge diante de nós médico após médico qualificado para ajudar à alma, bem como ao corpo, e alguns deles realmente assim procederam. Impelidos pelos perigos de sua profissão, buscaram a sabedoria de Deus, e foram guiados pelo Seu Espírito no caminho cujo fim é a glória. ... MS 53 1 O médico que teme e ama a Deus anseia revelar Jesus à alma enferma pelo pecado e dizer-lhe quão abundante, quão completa é a provisão feita pelo Redentor que perdoa o pecado. "Suas ternas misericórdias permeiam todas as Suas obras"; contudo, para a humanidade é feita mais ampla provisão, e é completa a promessa que aponta para Jesus como a Fonte aberta contra o pecado e a impureza. Que pode tornar tão leve o coração, que pode espalhar tantos raios de luz através da alma, como o senso dos pecados perdoados?! A paz de Cristo é vida e saúde. MS 53 2 Então compreenda o médico sua responsabilidade e aproveite suas oportunidades de revelar a Cristo como o Salvador que perdoa. Demonstre uma elevada consideração pelas almas, e faça tudo o que lhe estiver ao alcance para conquistá-las para Cristo e para a verdade. Que o Senhor ponha Seu Espírito sobre nossos médicos, e os auxilie a trabalhar com inteligência pelo Mestre, porque amam a Jesus e às almas por quem Cristo morreu. -- Manuscrito 17, 1890. ------------------------Capítulo 4 -- Nosso colégio médico Na providência de Deus MS 55 1 Domingo, 15 de Abril, as belas construções e arredores do Sanatório de Loma Linda foram solenemente dedicados ao serviço de Deus. ... MS 55 2 Durante as solenidades, as pessoas foram informadas das notáveis providências que haviam acompanhado cada passo dado para adquirir a propriedade. Foi também ressaltado o objetivo que temos em vista no estabelecimento de muitos sanatórios. Estive presente à reunião apenas uma parte do tempo, e falei livremente por cerca de meia hora sobre as vantagens da vida ao ar livre no tratamento das enfermidades. MS 55 3 Procurei tornar claro que os médicos e auxiliares do sanatório deviam cooperar com Deus no combate às enfermidades não só por meio do uso dos agentes medicinais da Natureza que Ele colocou ao nosso alcance, mas também animando seus pacientes a se apegarem ao poder divino mediante obediência aos mandamentos de Deus. ... MS 55 4 Uma das principais vantagens da posição de Loma Linda é a agradável variedade de cenários encantadores em todos os lados. Contudo, mais importante do que o cenário magnífico e as belas construções e terrenos espaçosos é o achar-se essa instituição muito próxima de um distrito densamente povoado, e a oportunidade que se oferece dessa maneira, de transmitir a muitas e muitas pessoas o conhecimento da mensagem do terceiro anjo. Convém que tenhamos discernimento espiritual claro, para que não deixemos de entender as providências tomadas por Deus, as quais estão preparando o caminho para iluminarmos o mundo. MS 55 5 A grande crise está precisamente diante de nós. Agora é o tempo de fazermos soar a mensagem de advertência, por meio dos instrumentos que Deus nos concedeu para esse fim. Lembremos que um dos instrumentos mais importantes é a nossa obra médico-missionária. Jamais devemos perder de vista o grande objetivo por que nossos sanatórios são estabelecidos -- a promoção da finalizadora obra de Deus na Terra. Ser um centro educativo MS 56 1 Loma Linda deve ser não apenas um sanatório, mas um centro educativo. Com a posse deste lugar vem a pesada responsabilidade de dar caráter educativo à obra da instituição. Deve-se estabelecer aqui uma escola para o preparo de evangelistas médico-missionários. MS 56 2 Muito se acha envolvido nesta obra, e é absolutamente necessário que se dê um começo acertado. -- The Review and Herald, 21 de Junho de 1906. Um lugar a ser apreciado MS 56 3 Temos em Loma Linda um vantajoso centro para a realização de vários empreendimentos missionários. Podemos perceber que estava nos planos de Deus que este sanatório fosse colocado em poder de nosso povo. Devemos considerar Loma Linda como um lugar que o Senhor previu que necessitaríamos, e que nos deu. -- Manuscrito 3, 1908. Um preparo prático MS 56 4 Temos uma tarefa a executar para conseguir os melhores talentos, e colocá-los em posição em que eduquem outros obreiros. Então, quando nossos sanatórios e campos missionários pedirem médicos, teremos jovens que, mediante a experiência adquirida em trabalho prático, se habilitarão para assumir as responsabilidades. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 473. Um apelo em favor de nosso colégio médico MS 56 5 O desenvolvimento apropriado da obra em Loma Linda requer planejamento e espírito de oração, a fim de que a instrução dada pelo Senhor referente à obra aqui possa ser executada. ... A obra do colégio médico de Loma Linda não deve ser prejudicada por falta de acomodações. Deve ser ideado algum modo de aumentar rapidamente os prédios para alojamento dos estudantes, de maneira que os que procuram um preparo em Loma Linda não precisem ser mandados de volta. MS 56 6 Os estudantes de Loma Linda estão buscando uma educação que está de acordo com a ordem do Senhor, uma educação que os ajudará a se desenvolverem em professores e batalhadores de sucesso em favor de outros. Quando seu preparo em Loma Linda estiver completo, eles devem estar capacitados a sair e se unirem com obreiros entendidos nos campos da grande seara do mundo, os quais estão levando avante a obra da reforma que deve preparar um povo para estar em pé no dia da vinda de Cristo. Por toda parte os obreiros necessitam saber como combater as doenças e dispensar habilidoso cuidado aos enfermos e sofredores. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para conseguirem o preparo necessário os que desejam estar assim habilitados para o serviço. ... MS 57 1 Nosso povo deve tornar-se entendido no tratamento das enfermidades sem o auxílio de drogas venenosas. Muitos devem procurar obter o preparo que os capacitará para o combate às enfermidades em suas várias formas por meio dos métodos mais simples. Milhares têm baixado à sepultura por causa do uso de drogas venenosas, os quais poderiam ter sido restaurados à saúde pelos métodos simples de tratamento. Os tratamentos hidroterápicos, sábia e habilidosamente aplicados, podem ser os meios de salvar muitas vidas. Que se una o diligente estudo com tratamentos cuidadosos. Que a oração da fé seja feita ao lado da cama dos enfermos. Sejam os enfermos incentivados a reclamar eles mesmos as promessas de Deus. -- Manuscrito 15, 1911. Prover o que é essencial MS 57 2 Segundo a luz que me foi dada, devemos providenciar o que é necessário para qualificar os nossos jovens que desejam ser médicos, de maneira que eles possam preparar-se inteligentemente para enfrentar os exames requeridos para provar sua eficiência como médicos. Eles devem ser ensinados a tratar de maneira inteligente os casos dos que se acham enfermos, de maneira que a porta se feche para qualquer médico criterioso imaginar que não estamos dando em nossa escola a instrução necessária à qualificação adequada dos moços e moças para realizarem a obra de um médico. Devem os alunos que se graduam progredir continuamente em conhecimento; pois a prática faz a perfeição. MS 57 3 A escola de medicina de Loma Linda deve ser da mais alta qualidade, pois os que estão nessa escola têm o privilégio de manter viva comunhão com o mais sábio de todos os médicos, de quem é transmitido conhecimento de ordem superior. E para o preparo especial dos nossos jovens que possuem convicções claras de seu dever de adquirir um conhecimento médico que os capacite a passar nos exames exigidos por lei de todos os que exercem a profissão como médicos regularmente qualificados, devemos prover tudo o que for requerido, de maneira que esses jovens não necessitem ser forçados a ir a escolas médicas dirigidas por homens que não são de nossa fé. Assim, fecharemos uma porta que o inimigo apreciaria ficasse aberta; e nossos moços e moças, cujos interesses espirituais o Senhor deseja que salvaguardemos, não se sentirão impelidos a unir-se com descrentes a fim de obterem um preparo completo nos ramos da medicina. -- Pacific Union Recorder, 3 de Fevereiro de 1910. Requer-se o talento mais sábio MS 58 1 Loma Linda me foi especificada como um lugar muito importante, um lugar que exige o melhor professor de Bíblia que possamos proporcionar. Existem ali jovens promissores que devem ser qualificados para desempenhar importantes funções na obra. Devem eles ter a melhor espécie de instrutores, e professores de Bíblia capazes, que compreendam as verdades da Palavra. A verdade e a justiça reveladas na Palavra de Deus devem ser a fortaleza de nossos obreiros. MS 58 2 Foi-me apresentado um esboço da obra que deve ser feita em Loma Linda, e sei que devemos dedicar a este lugar nossos melhores esforços. O Senhor deseja o mais sábio talento aqui, pois mediante nosso melhor talento educativo devemos preparar nossos obreiros de ministério. A obra deve ser levada de acordo com a norma do Senhor, e não segundo a suposição de homens. MS 58 3 O Senhor nos concedeu uma vantagem maravilhosa ao possibilitar-nos a aquisição de Loma Linda para o estabelecimento da obra que está em progresso aqui. Deve ser construída em Loma Linda uma escola que prepare obreiros bíblicos e enfermeiros para serviço eficiente. -- Carta 196, 1908. As classes de obreiros que devem ser preparados MS 58 4 A causa de Deus estaria hoje em muito maior avanço, houvéssemos nós, em anos anteriores, sido mais ativos no preparo de enfermeiros que, além de sua aquisição de habilidade acima do comum no cuidado dos doentes, houvessem aprendido também a trabalhar como evangelistas na conquista de almas. MS 58 5 Foi para o preparo de tais obreiros, bem como de médicos, que se estabeleceu a escola de Loma Linda. Nessa escola, devem-se habilitar muitos obreiros como médicos, para trabalhar, não como simples profissionais, mas como evangelistas médico-missionários. Esse preparo deve estar em harmonia com os princípios básicos da verdadeira educação superior. A causa carece de centenas de obreiros que tenham recebido educação prática e completa nos ramos médicos, e que estejam também preparados para trabalhar de casa em casa como professores, obreiros bíblicos e colportores. Tais estudantes devem sair da escola sem ter sacrificado os princípios da reforma da saúde ou seu amor para com Deus e a justiça. MS 59 1 Os que tomam curso avançado em enfermagem, e vão para todas as partes do mundo como evangelistas médico-missionários, não podem esperar receber do mundo a honra e as recompensas que são muitas vezes conferidas aos médicos formados. Todavia, enquanto vão de um lugar para outro em seu trabalho de ensinar e curar, e estreitamente unidos aos servos de Deus que foram chamados ao ministério da Palavra, Suas bênçãos repousarão sobre a obra que fizerem, e operar-se-ão maravilhosas transformações. Em sentido especial, eles Lhe servirão de mão auxiliadora. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 471. Preparar-se para os vários ramos da obra MS 59 2 Há a ser feita uma obra muito preciosa em ligação com os interesses do sanatório e da escola de Loma Linda; e esta será realizada quando todos trabalharem para esse fim. A Palavra de Deus deve ser nosso livro de texto. Na união que se verifica entre o nosso povo podemos ver que Deus está operando em nosso meio. ... MS 59 3 Na escola de Loma Linda muitos podem educar-se para trabalhar como missionários na causa da saúde e da temperança. Devem-se empregar nesta obra educacional os melhores professores -- não homens que tenham em elevada estima suas próprias aptidões, mas homens que andem de maneira circunspecta, confiando inteiramente no Senhor. ... MS 59 4 Se os professores de ramos médicos permanecerem em sua posição e lugar, veremos uma boa obra realizada. Minha alma se derrama em fervorosa prece a Deus a fim de que Ele preserve os sinceros de coração de ser extraviados por aqueles que estão, eles próprios, em confusão e trevas. MS 59 5 Devem-se preparar professores para os vários ramos da obra. Importa que se estabeleçam escolas em lugares nos quais não foi realizado nenhum esforço. ... A verdade, a verdade da Bíblia, deve ser apresentada em muitos lugares. Cristo é representado como Se identificando com todos os necessitados que há sobre a Terra, quando diz: "Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." MS 60 1 Todos devem esforçar-se para ampliar sua experiência. Estamos em situação muito crítica; Cristo, porém, identifica-Se com as nossas necessidades. Os cristãos devem aprender diariamente de Cristo. Necessitam-se agora nervos e músculos espirituais para levar princípios corretos a cada cidade, povoado e vila. Devem-se apreciar e cultivar talentos diversos; além do mais, necessitamos de verdadeira sabedoria. Podemos não ver nossa necessidade de nos aconselharmos com Deus; todavia, o cristão verdadeiro, em todos os lugares, indagará qual é a vontade do Senhor com respeito a Seu trabalho individual. ... MS 60 2 A obra de promulgar os princípios da reforma da saúde que o Senhor esboçou para nós, deve ser executada. Quando estudarmos a abnegação de Cristo, e fizermos de Sua vida nosso exemplo, a verdade e a justiça prevalecerão entre nós. Apreciaremos como sendo de maior valor o ornamento de um espírito manso e quieto, que é precioso à vista de Deus. -- Carta 132, 1908. As mulheres devem ser preparadas de modo especial MS 60 3 Tenho palavras de instrução para vós e vossos colaboradores, pastores, médicos e conselheiros de Loma Linda. ... MS 60 4 De maneira notável trouxe Deus ao nosso poder algumas das instituições por meio de cuja atuação nos cumpre executar a obra da reforma para a qual fomos chamados como um povo. Neste tempo, cada talento de cada obreiro deve ser considerado como um sagrado depósito a ser usado em estender a obra da reforma. O Senhor me instruiu no sentido de que nossas irmãs que receberam um preparo que as qualificou para posições de responsabilidade devem servir com fidelidade e discernimento em sua vocação, usando sua influência de maneira sábia e, junto com seus irmãos na fé, obter uma experiência que as capacite para maior utilidade ainda. ... MS 60 5 Nos tempos passados o Senhor operou de maneira maravilhosa por intermédio de mulheres consagradas que se uniram em Sua obra com homens a quem Ele escolhera para serem Seus representantes. Ele usou mulheres para alcançar grandes e decisivas vitórias. Mais de uma vez as trouxe Ele em ocasiões de emergência para a frente de batalha e operou por seu intermédio para a salvação de muitas vidas. ... MS 61 1 Muitas há que têm habilidade para permanecer com seus maridos na obra do sanatório, aplicarem tratamentos nos doentes e falarem palavras de conselho e encorajamento a outros. Há as que devem buscar um preparo que as qualifique para fazer a parte de médicos. MS 61 2 Neste ramo do serviço precisa ser feito um trabalho positivo. As mulheres, da mesma forma que os homens, devem receber um preparo médico completo. Devem fazer um estudo especial das doenças comuns às senhoras, para que possam saber como cuidar destas. Considera-se indispensável que os homens que desejam exercer a medicina recebam o amplo preparo necessário para o exercício dessa profissão. É igualmente necessário que as mulheres recebam esse preparo, e consigam seus diplomas atestando seu direito de agir como médicas. MS 61 3 Nossas instituições devem ser especialmente completas em dar às mulheres um preparo que as capacite a agir como obstetrizes. Deveria haver em nossos sanatórios senhoras médicas que entendessem bem de sua profissão, e que pudessem atender às senhoras por ocasião do parto. Foi-me dada luz segundo a qual mulheres, e não homens, devem ter a responsabilidade em tais casos. Fui dirigida para o plano bíblico, no qual em tais ocasiões as mulheres faziam a parte do médico. Este plano deve ser seguido por nós; pois é o plano do Senhor. MS 61 4 Repetidas vezes me foi concedida luz de acordo com a qual mulheres devem ser escolhidas e instruídas para este ramo da obra. Chegou o tempo em que devemos enfrentar o assunto claramente. Mais senhoras devem ser preparadas para este trabalho, e assim se pode fechar uma porta à tentação. Não devemos permitir que tentação alguma desnecessária seja colocada no caminho dos médicos e enfermeiros, ou das pessoas em favor das quais eles atuam. -- Carta 22, 1911. Nenhum compromisso MS 61 5 Sou instruída a dizer que em nossa obra educativa não deve haver nenhum compromisso a fim de satisfazer as normas do mundo. O povo que guarda os mandamentos de Deus não deve unir-se com o mundo para manter os vários ramos da obra segundo os planos do mundo e a sabedoria deste. MS 61 6 Nosso povo está agora sendo provado quanto a se obterá sua sabedoria do maior Mestre que o mundo já conheceu, ou se busca o deus de Ecrom. Determinemos não ser atados por um fio sequer aos métodos educativos dos que não discernem a voz de Deus e que não atentam para os Seus mandamentos. MS 62 1 Devemos atentar para a advertência: "Entrai pela porta estreita". Mateus 7:13, 14. Os que andam no caminho estreito estão seguindo os passos de Jesus. A luz do Céu lhes ilumina o caminho. MS 62 2 Daremos ao mundo a idéia de que nossos médicos devem seguir o modelo do mundo antes de estarem qualificados a agir como médicos bem-sucedidos? Esta é a questão que está agora provando a fé de alguns de nossos irmãos. Que nenhum de nossos irmãos ofenda o Senhor defendendo em suas reuniões a idéia de que necessitamos obter dos descrentes educação mais elevada do que a especificada pelo Senhor. MS 62 3 A representação do Grande Mestre deve ser considerada uma revelação toda-suficiente. Os que se acham em nossas fileiras, que se qualificam como médicos só devem receber a educação que esteja em harmonia com estas verdades divinas. Alguns têm ponderado que após receberem alguma atividade em Loma Linda, os estudantes devem terminar seus estudos em colégios do mundo. Isto, porém, não está em harmonia com o plano do Senhor. Deus é nossa sabedoria, nossa santificação e nossa justiça. Devem-se prover condições em Loma Linda a fim de que a necessária instrução em ramos médicos possa ser dada por instrutores que temem ao Senhor e que estão em harmonia com Seus planos para o tratamento dos doentes. MS 62 4 Não tenho nenhuma palavra a dizer em favor das idéias que o mundo tem sobre educação mais elevada em qualquer escola que organizemos para o preparo de médicos. Há perigo em sua vinculação pessoal com instituições mundanas e em trabalharem sob a orientação de médicos mundanos. Satanás está dando suas ordens àqueles aos quais ele tem levado a deixar a fé. Desejo advertir agora que nenhum de nossos jovens se una a instituições médicas mundanas na esperança de conseguir melhor sucesso ou mais forte influência como médico. -- Carta 132, 1909. A parte de Cristo e a nossa MS 62 5 A obra do Salvador em servir à humanidade sofredora foi sempre combinada com Seu ministério da palavra. Ele pregava o evangelho e curava as enfermidades, ambos pelo mesmo eficaz poder. Ele fará o mesmo hoje; mas devemos fazer nossa parte levando os doentes em contato com o Poderoso Restaurador. O Salvador deixou as cortes da glória e veio ao nosso mundo para suportar a tentação e resistir ao mal, para que o homem obtivesse poder para apoderar-se de Sua força. A alma que vai a Cristo com fé viva recebe Seu poder e é curada de sua enfermidade. MS 63 1 Estamos hoje combinando a obra do ministério com a obra da cura como jamais o fizemos antes. Estamos trabalhando para ensinar o nosso povo a tratar do corpo na enfermidade, a reconquistar a saúde e conservar-se em bom estado quando a saúde é restaurada. -- Manuscrito 95, 1908. Verdadeiros missionários como pioneiros MS 63 2 Certa noite fui despertada e instruída a escrever um testemunho específico com relação à obra de nossa escola em Loma Linda. Uma obra sagrada e solene devia ser realizada por aquela escola. Os ensinamentos da reforma da saúde deviam ser realçados clara e brilhantemente, para que todos os jovens que assistiam aprendessem a praticá-los. Todos os nossos educadores devem ser estritos reformadores da saúde. O Senhor deseja que verdadeiros missionários saiam de nossas escolas como pioneiros. Cumpre-lhes ser inteiramente consagrados à obra como cooperadores de Deus, ampliando diariamente sua esfera de utilidade e se tornando mais plenamente santificados pela verdade. A influência de um consagrado professor médico-missionário em nossas escolas é incalculável. -- Manuscrito 31, 1908. O estudante de medicina MS 63 3 Enquanto se prepara para sua profissão, o estudante de medicina deve ser animado a atingir o máximo desenvolvimento possível de todas as suas faculdades. Os estudos, embora puxados, não precisam, necessariamente, minar-lhe a saúde física, ou diminuir-lhe o gozo das coisas espirituais. Através do curso de estudos, pode crescer continuamente na graça e no conhecimento da verdade, ao mesmo tempo que pode estar constantemente aumentando o depósito de conhecimentos que o habilitará a ser eficiente profissional. MS 63 4 Aos estudantes de medicina, desejaria dizer: Entrai em vosso curso com a determinação de fazer o que é direito e manter os princípios cristãos. Fugi da tentação, e evitai toda influência para o mal. Preservai a integridade moral. Mantende conscienciosa consideração para com a verdade e a justiça. Sede fiéis nas menores responsabilidades, mostrai-vos acurados e exatos pensadores, possuindo sanidade de coração e retidão, sendo leais a Deus e fiéis à humanidade. Oportunidades MS 64 1 Acham-se diante de vós as oportunidades; sendo estudiosos e retos, podeis obter educação do mais alto valor. Aproveitai ao máximo os vossos privilégios. Não fiqueis satisfeitos com as consecuções comuns; buscai habilitar-vos para preencher posições de confiança em ligação com a obra do Senhor na Terra. Unidos ao Deus de sabedoria e poder, podeis tornar-vos intelectualmente fortes, e progressivamente capazes como ganhadores de almas. Podeis tornar-vos homens e mulheres de responsabilidade e influência se, por vossa força de vontade, aliada ao poder divino, vos empenhardes na obra de adquirir o devido preparo. MS 64 2 Exercitai as faculdades mentais, não negligenciando de maneira alguma o físico. Não permitais que a indolência intelectual vos obstrua o caminho para maiores conhecimentos. Aprendei a refletir da mesma maneira que a estudar, a fim de vossa mente se poder ampliar, fortalecer e desenvolver. Jamais penseis que já aprendestes suficientemente, e que podeis abandonar os estudos. O espírito culto é a medida do homem. Vossa educação se prolongará por toda a vida; deveis aprender todos os dias, pondo em prática o conhecimento adquirido. MS 64 3 Para que vos torneis homens e mulheres dignos de confiança quanto ao trabalho, deve haver um aumento de capacidade, o exercício de cada faculdade, mesmo nas coisas pequenas; então se obtém maior capacidade para assumir responsabilidades maiores. O senso da responsabilidade individual é imprescindível. Pondo em prática o que aprendeis nos dias escolares, não recueis de assumir a parte de encargo que vos cabe por haver riscos, porquanto alguma coisa se deve arriscar. Não deixeis que outros vos sirvam de cérebro. Precisais exercitar as faculdades para fortalecê-las e avigorá-las; assim aumentarão os talentos que vos foram confiados, à medida que firme, sistemática, infatigável energia for exercida no desempenho das responsabilidades individuais. Deus quer que acrescenteis, dia a dia, pouco a pouco, vosso pecúlio de idéias, procedendo como se os momentos fossem jóias a serem cuidadosamente colhidas e discretamente prezadas. Assim haveis de adquirir amplitude de ideais e vigor intelectual. Não desperdiçar as horas MS 65 1 Deus não exigirá do homem contas mais estritas de qualquer coisa, do que da maneira em que ocupou o tempo. Tendes acaso malbaratado as horas, empregando-as mal? Concedeu-nos Deus a preciosa graça da vida, não para ser empregada em satisfação egoísta. Nossa obra é demasiado solene, demasiado curto o tempo de servir a Deus e a nossos semelhantes, para ser gasto em busca de fama. Oh! se os homens se detivessem, em suas aspirações, justamente onde Deus estabeleceu os limites, quão diverso seria o serviço prestado ao Senhor! Perfeição MS 65 2 Muitos há tão apressados em galgar às distinções, que saltam alguns degraus da escada e, assim fazendo, perdem a experiência que precisam ter a fim de tornarem-se obreiros inteligentes. Em seu zelo, afigura-se-lhes sem importância o conhecimento de muitas coisas. Deslizam pela superfície, não se aprofundando na mina da verdade, adquirindo assim, mediante lento e penoso processo, a experiência que os habilite a ser de especial auxílio aos outros. Queremos que nossos estudantes do ramo médico sejam homens e mulheres íntegros, e que sintam ser seu dever melhorar todo talento a eles emprestado, de modo a duplicarem por fim o capital que lhes foi confiado. MS 65 3 A luz dada por Deus no sentido médico-missionário, não fará que Seu povo seja considerado inferior em conhecimento da ciência médica, antes os habilitará a colocar-se na maior eminência. Deus quer que eles ocupem a posição de povo sábio e entendido em virtude de Sua presença no meio deles. Na força dAquele que é a fonte de toda sabedoria, toda graça, podem-se vencer defeitos e ignorância. Um elevado alvo MS 65 4 Que todo estudante do ramo médico busque atingir elevada norma. Sob a disciplina do maior de todos os mestres, nossa direção deve tender sempre para o alto, à perfeição. Todos quantos se acham ligados com a obra médico-missionária devem ser discípulos. Nenhum pare, dizendo: "Não posso fazer isto." Diga antes: "Deus exige que eu seja perfeito. Ele espera que eu trabalhe acima de tudo quanto é comum e vulgar, esforçando-me por alcançar o que é de ordem superior." MS 66 1 Não há senão um poder capaz de tornar os estudantes da obra médica aquilo que devem ser, conservando-os firmes -- a graça de Deus e o poder da verdade, exercendo salvadora influência na vida e no caráter. Esses alunos, que pretendem servir à humanidade sofredora, não encontrarão, para cá do Céu, um ponto em que cheguem à fortuna. Esse conhecimento que se chama ciência deve ser adquirido, enquanto o que o busca reconhece diariamente que o temor de Deus é o princípio da sabedoria. Tudo quanto fortaleça a mente deve ser cultivado ao máximo da capacidade, ao mesmo tempo que as pessoas devem buscar em Deus sabedoria; pois a menos que sejam guiadas pela sabedoria do alto, tornar-se-ão fácil presa do poder enganador de Satanás. Tornar-se-ão importantes aos próprios olhos, arrogantes e presunçosas. Integridade dos estudantes MS 66 2 Os professores de nossa escola de medicina deviam animar os alunos a adquirir todo conhecimento que lhes seja possível, em todos os departamentos. Caso vejam que um aluno é deficiente no cuidado, na compreensão de suas responsabilidades, devem expor francamente a questão a ele, dando-lhe oportunidade de corrigir-se de tais hábitos e alcançar elevada norma. MS 66 3 Os mestres não se deviam desanimar por alguns serem vagarosos no aprender. Tampouco devem desanimar os alunos quando cometem erros. Ao serem estes, bem como os defeitos bondosamente indicados, o aluno, por sua vez, deve sentir-se grato pela instrução que lhe é dada. O espírito altivo, por parte dos alunos, não deve ser animado. Todos devem ser voluntários para aprender, bem como os professores para ensinar, exercitando os alunos na segurança de si mesmos, para serem competentes, cuidadosos, acurados. Estudando sob a direção de sábios instrutores, unindo-se com eles na participação das responsabilidades, poderão os alunos, com o auxílio dos mestres, galgar o mais elevado lance da escada. MS 66 4 Os alunos devem estar dispostos a trabalhar sob a direção dos de experiência, a ouvir-lhes as sugestões, seguir-lhes os conselhos, avançando o mais possível no pensar, no preparo, no inteligente empreendimento; jamais, porém, infrinjam eles um regulamento, nem desrespeitem um princípio ligado ao fundamento da instituição. Muito fácil é decair; a desconsideração pelos regulamentos é natural ao coração inclinado ao egoísmo e à satisfação própria. Muito mais fácil é derribar do que construir. Um aluno descuidoso em suas idéias pode fazer mais para abaixar a norma, do que podem fazer para contrabalançar-lhe a desmoralizadora influência dez homens com todos os seus esforços. ... Sem orgulho MS 67 1 Os médicos tementes a Deus falam modestamente de sua obra; mas os noviços, de pouca experiência em lidar com a parte física e a espiritual dos homens, falarão muitas vezes jactanciosamente de seus conhecimentos e consecuções. Essas pessoas necessitam conhecer-se melhor a si mesmas; tornar-se-ão assim mais inteligentes quanto aos próprios deveres, compreendendo que, em qualquer ramo em que tenham de trabalhar, precisam possuir mente voluntária, espírito diligente, e sincero e abnegado zelo em buscar modo de preservar a própria dignidade, mas, mediante atenção e cuidado, vêm a alcançar reputação pela integridade e a exatidão, conquistando ao mesmo tempo, pelo serviço cheio de compassivo interesse, o coração daqueles a quem servem. MS 67 2 Existem, na profissão médica, muitos cépticos e ateus que exaltam as obras de Deus acima do Deus da ciência. Relativamente poucos dos que entram nas escolas médicas do mundo saem dali puros e incontaminados. Deixam de tornar-se elevados, nobres, santificados. As coisas materiais eclipsam as celestiais e eternas. Por parte de muitos, misturam-se a fé e os princípios religiosos com os costumes do mundo e suas práticas, e rara é a religião pura e incontaminada. É, porém, o privilégio de todo estudante entrar na escola superior com o mesmo princípio firme, determinado, que tinha Daniel quando entrou na corte de Babilônia, e guardar impoluta a sua integridade, através de seu curso de estudos. Vitória MS 67 3 A força e a graça de Deus foram providas com imenso sacrifício, para que os homens fossem vitoriosos sobre as sugestões de Satanás, e suas tentações, delas saindo imaculados. A vida, as palavras e o comportamento são os mais poderosos argumentos, o mais solene apelo aos descuidosos, irreverentes e céticos. Sejam a vida e o caráter o forte argumento em favor do cristianismo; então os homens serão forçados a reconhecer, vendo-os, que estivestes com Jesus, e dEle aprendestes. MS 68 1 Não se iludam os estudantes da ciência médica com as artimanhas do diabo, ou com quaisquer de seus astutos pretextos, adotados por tantos para enganar e enredar. Mantende-vos firmes aos princípios. Indagai a cada passo: "Que diz o Senhor?" Dizei firmemente: "Seguirei a luz. Respeitarei e honrarei a Majestade da verdade." MS 68 2 Especialmente os que estão estudando medicina em escolas do mundo se devem guardar contra a contaminação das más influências de que estão continuamente rodeados. Quando seus instrutores são homens sábios segundo o mundo, e os colegas, incrédulos que não têm pensamentos sérios a respeito de Deus, mesmo os cristãos de experiência se acham em risco de ser influenciados por esse convívio irreligioso. Não obstante, alguns têm passado o curso médico e permanecido fiéis aos princípios. Não tomaram parte nos estudos aos sábados; e demonstraram que os homens podem habilitar-se para os deveres de um médico, sem contudo decepcionar a expectativa dos que os animaram a educar-se. Bem-estar dos pacientes MS 68 3 Ao se prepararem obreiros para cuidarem dos enfermos, deve-se impressionar o estudante com a idéia de que seu mais elevado objetivo deve ser sempre buscar o bem-estar espiritual de seus pacientes. Convém-lhe aprender a repetir as promessas da Palavra de Deus e fazer fervorosas orações diárias, enquanto se prepara para o serviço. Ajudai-o a compreender que deve manter sempre a influência bondosa e santificadora do grande Médico-Missionário diante dos pacientes. Se os que estão sofrendo puderem ser impressionados com o fato de que Cristo é seu compassivo e piedoso Salvador, obterão repouso da mente, que é tão necessário à recuperação da saúde. Educação preparatória MS 68 4 É devido a estas tentações particulares que nossos jovens têm de enfrentar nas escolas médicas do mundo, que se devem tomar providências para que o curso preparatório e médico seja feito em escolas nossas, sob a direção de professores crentes. Nossas escolas missionárias das maiores Uniões, em várias partes do campo, devem ser aparelhadas de maneira a habilitar nossos jovens a satisfazer as exigências de admissão especificadas pelo Estado quanto aos estudantes de medicina. Devem-se conseguir os melhores talentos, de modo que nossas escolas atinjam a devida norma. Os jovens, e os de mais idade, que julgam seu dever habilitar-se para trabalho que exija passar por certas provas legais, devem poder alcançar em nossas escolas missionárias das Uniões, tudo quanto é necessário a fim de entrar em uma escola de medicina. MS 69 1 A oração operará maravilhas pelos que a ela se entregam, vigiando. Deus deseja que todos nos achemos em posição de esperançosa expectativa. Aquilo que Ele prometeu, isso fará; e conquanto haja exigências legais que tornem necessário que os alunos de medicina façam determinado curso preparatório, nossas escolas superiores devem tomar providências para levar os alunos a alcançarem preparo literário e científico necessário. MS 69 2 E não somente devem nossas maiores escolas missionárias proporcionar essa instrução preparatória aos que pensam em tomar o curso médico, mas também nos cumpre fazer tudo quanto seja essencial para o aperfeiçoamento dos cursos de estudo oferecidos por nossa Escola Médico-Evangelista de Loma Linda. Como foi indicado ao tempo da fundação dessa escola, devemos proporcionar o que for essencial para habilitar nossos jovens que desejem ser médicos, de maneira que se preparem inteligentemente para enfrentar os exames exigidos para demonstrar sua eficiência como médicos. Deve ser-lhes ensinado a tratar com entendimento o caso dos doentes, de modo a impedir-se que qualquer médico sensato imagine que não estamos ministrando em nossas escolas a necessária instrução, própria para habilitar homens e mulheres para o exercício da medicina. Os alunos que se formam precisam progredir continuamente em conhecimento, pois a prática traz a perfeição. ... Importância do estudo da Bíblia MS 69 3 Se os estudantes do ramo médico estudarem diligentemente a Palavra de Deus, achar-se-ão muito mais bem preparados para compreender seus outros estudos; pois sobrevém sempre iluminação mediante o diligente estudo da Palavra de Deus. Coisa alguma lhes será tão proveitosa para comunicar à memória capacidade de retenção como o estudo das Escrituras. Compreendam nossos obreiros médico-missionários que, quanto mais relacionados com Deus e com Cristo eles ficarem, e com a história bíblica, tanto mais bem preparados estarão para efetuar sua obra. Classes de Bíblia MS 70 1 Devem-se pôr nas classes de Bíblia fiéis professores, que se esforcem por fazer os alunos compreenderem as lições, não explicando tudo, mas exigindo que os próprios alunos exponham claramente toda passagem que lêem. Lembrem-se esses professores de que pouco benefício se tira com o deslizar pela superfície da Palavra. Ponderada investigação e diligente, esforçado estudo são necessários para compreensão dessa Palavra. MS 70 2 Cristo, o grande Médico-Missionário, veio a este mundo com imenso sacrifício, a fim de ensinar a homens e mulheres as lições que os habilitem a conhecer devidamente a Deus. Viveu vida perfeita, estabelecendo um exemplo que todos podem com segurança seguir. Estudem nossos alunos de medicina as lições dadas por Cristo. É essencial que tenham clara compreensão dessas lições. Terrível erro seria da parte deles negligenciar o estudo da Palavra de Deus por um estudo de teorias que orientam erroneamente, que desviam a mente das palavras de Cristo para as falácias das produções humanas. Deus quer que todos quantos se professam missionários médico-evangelistas aprendam diligentemente as lições do grande Médico. Assim precisam fazer, caso queiram encontrar descanso e paz. Aprendendo de Cristo, o coração encher-se-lhes-á da paz que Ele unicamente pode dar. MS 70 3 Tornai a Bíblia vosso conselheiro. Vossas relações com ela se estreitarão rapidamente, se mantiverdes a mente livre das escórias do mundo. Quanto mais a Bíblia for estudada, tanto mais profundo será vosso conhecimento de Deus. As verdades de Sua Palavra vos serão escritas na alma, aí deixando indelével impressão. MS 70 4 Estas coisas tem Deus desdobrado perante mim durante anos. Em nossas escolas médico-missionárias precisamos de homens possuidores de profundo conhecimento das Escrituras, homens que possam ensinar a outros, clara e simplesmente, essas lições, da mesma maneira que Cristo ensinava a Seus discípulos aquilo que via ser mais essencial. MS 70 5 E o necessário conhecimento será facultado a todos que se achegam a Cristo, recebendo e praticando-Lhe os ensinos, tornando Sua Palavra parte da própria vida. O Espírito Santo ensina o estudante das Escrituras a julgar todas as coisas pela norma da retidão, da verdade e da justiça. A divina revelação supre-o do conhecimento de que ele necessita. Os que se colocam sob as instruções do grande Missionário Médico, para serem coobreiros Seus, possuirão um conhecimento que o mundo, com todo o seu tradicional saber, não pode proporcionar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 474-484. Desenvolvimento da experiência Crescimento espiritual MS 71 1 A todo estudante em busca de preparo médico, desejaria dizer: Olhai para além do presente. Desviai-vos das coisas transitórias desta vida, dos empreendimentos egoístas e da satisfação do próprio eu. Para que fim vos procurais educar? Não é para aliviar os sofrimentos da humanidade? A medida que a mente se dilata pelo verdadeiro conhecimento, o coração se aquece pelo senso da bondade, compaixão e amor de Deus. A alma enche-se de fervoroso anseio de dizer aos outros como eles podem cooperar com o grande Obreiro-Mestre. Muito fazeis em vosso próprio benefício, ao comunicar o conhecimento que recebeis. Assim adquirireis mais conhecimento para comunicar, e aumentará vossa aptidão de trabalhar para Deus. MS 71 2 Haverá quem vos sugira que, a fim de ser bem-sucedido em vossa profissão, deveis ser político; precisais, por vezes, de vos desviar da estrita retidão. Estas tentações encontram fácil acolhimento no coração do homem; digo, porém, o que sei. Não vos deixeis enganar ou iludir. Não acaricieis o próprio eu. Não abrais uma porta pela qual o inimigo entre e tome posse do coração. Há perigo no primeiro e mais leve desvio da estrita retidão. Sede leais a vós mesmos. Preservai, no temor de Deus, a dignidade que Ele vos deu. Há grande necessidade de que todo obreiro médico se apodere do braço do Infinito Poder, a ele se conservando apegado. Ser verdadeiro MS 71 3 O princípio da política é daqueles que levarão, com certeza, a dificuldades. Aquele que considera o favor dos homens mais desejável que o de Deus, cairá na tentação de sacrificar o princípio pelo ganho e consideração do mundo. Assim se sacrifica de contínuo a fidelidade a Deus. A verdade, a verdade de Deus, deve ser nutrida na alma e mantida na força do Céu, do contrário o poder de Satanás vo-la arrebatará. Não abrigueis nunca o pensamento de que um médico sincero, verdadeiro, não possa ser bem-sucedido. Tal sentimento desonra ao Deus de verdade e justiça. Ele pode ter êxito; pois tem de seu lado a Deus e o Céu. Que todo suborno para dissimular seja inflexivelmente repelido. Mantende a integridade no poder da graça de Cristo, e Ele cumprirá para convosco Sua Palavra. MS 72 1 O estudante de medicina, embora jovem, tem acesso ao Deus de Daniel. Mediante a graça e o poder divinos, poderá tornar-se tão eficiente em sua carreira, como Daniel em sua elevada posição. É um erro, porém, fazer do preparo científico a coisa de suprema importância, negligenciando princípios religiosos que se acham mesmo na base de uma obra bem-sucedida. São louvados como hábeis profissionais muitos homens que desdenham a idéia de precisarem descansar em Cristo quanto à sabedoria para sua obra. Fossem, porém, esses homens que confiam no próprio conhecimento científico, iluminados pela luz celeste, a quanto maior excelência não atingiriam! Quanto mais vigorosas seriam suas faculdades, com quanto maior confiança poderiam empreender os casos difíceis! O homem que se acha intimamente ligado com o grande Médico, tem à sua disposição os recursos do Céu e da Terra, e pode trabalhar com uma sabedoria, uma infalível precisão que aos ímpios não é dado possuir. MS 72 2 Como Enoque, o médico deve ser um homem que ande com Deus. Isto lhe será uma salvaguarda contra todos os sentimentos enganosos e nocivos que a tantos tornam infiéis e cépticos. Praticada na vida e servindo de constante guia no que respeita aos interesses dos outros, a verdade de Deus erguerá em torno da alma os baluartes dos princípios celestes. Deus não deixa passar desapercebidas nossas lutas para manter a verdade. Quando colocamos toda palavra que procede da boca de Deus acima dos métodos do mundo, acima de todas as asserções de errantes e falíveis homens, seremos guiados a todo bom e santo caminho. MS 72 3 Em sua aceitação da verdade pelos votos batismais, o médico cristão comprometeu-se a representar a Cristo, o Médico-Chefe. Se, porém, ele não tem estrito cuidado de si mesmo, se permite que sejam derribadas as barreiras contra o pecado, Satanás o vencerá com capciosas tentações. Em seu caráter haverá mancha que, por sua má influência, moldará outros espíritos. A paralisia moral do pecado, não somente destruirá aquele que se desvia dos estritos princípios, mas terá força de reproduzir em outros o mesmo mal. Ser constante MS 73 1 Não é seguro ser cristãos ocasionais. Cumpre-nos ser semelhantes a Cristo em nossas ações a todo tempo. Então, pela graça, estamos seguros para o tempo e a eternidade. O conhecimento experimental do poder da graça recebida em tempos de prova, é de mais valor do que o ouro e a prata. Ele confirma a fé do que confia e crê. A certeza de que Jesus lhe é um auxílio bem presente, comunica-lhe uma ousadia que o habilita a pegar a Deus em Sua Palavra, nEle confiando com inabalável fé sob as mais probantes circunstâncias. MS 73 2 Nossa única segurança contra o cair no pecado, é manter-nos constantemente sob a modeladora influência do Espírito Santo, empenhando-nos, ao mesmo tempo, ativamente, na causa da verdade e da justiça, cumprindo todo dever dado por Deus, mas não tomando nenhuma responsabilidade que Deus não nos pôs sobre os ombros. Os médicos e estudantes deste ramo, precisam conservar-se firmes sob a bandeira da terceira mensagem angélica, combatendo o bom combate da fé com perseverança e êxito, não se estribando na própria sabedoria, mas na que vem de Deus, revestindo-se da armadura celeste, do equipamento da Palavra de Deus, não esquecendo nunca possuírem um Guia que nunca foi nem jamais será vencido pelo mal. Estudai vosso guia MS 73 3 A todo estudante de medicina que deseje ser uma honra para a causa de Deus durante as cenas finais da história terrestre, eu desejo dizer: Olhai a Cristo, o Enviado de Deus, o qual, neste mundo e na natureza humana, viveu vida pura, nobre e perfeita, estabelecendo um exemplo que todos podem com segurança imitar. O Senhor está a estender a mão a fim de salvar. Respondei ao Seu convite: "Que se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. ... Com quanta ansiedade não tomará o Salvador a trêmula mão na Sua, segurando-a, cálida e firmemente, até que os pés sejam colocados em terreno vantajoso!... MS 73 4 Confiai nAquele que compreende a vossa fraqueza. Mantende-vos bem achegados a Cristo; pois o inimigo está pronto a levar cativo todo aquele que negligenciar a vigilância. ... MS 74 1 São os jovens que o Senhor reclama para Lhe servirem de mão ajudadora. Samuel era uma simples criança quando o Senhor o empregou para realizar uma obra boa, excelente. ... MS 74 2 Aos que, com firme perseverança, se esforçam no sentido de revelar os atributos de Cristo, anjos são comissionados a ampliar a visão de Seu caráter e obra, de Seu poder e graça e amor. Assim se tornam participantes de Sua natureza, crescendo dia a dia até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo. A santificação do Espírito manifesta-se no pensamento, na palavra e na ação. Seu ministério é vida e salvação a todos com quem se associam. Acerca desses, declara-se: "Estais perfeitos nEle". Colossences 2:10. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 485-491. Cuidado necessário ao se encorajar alunos MS 74 3 Muitos, sabendo quão probantes são os deveres do médico, e quão poucas ocasiões têm eles de se livrarem dos cuidados, mesmo no sábado, não escolherão essa carreira. Mas o grande inimigo está continuamente buscando destruir a obra das mãos de Deus, e são chamados homens de cultura e inteligência para combater seu cruel poder. Necessitam-se de mais homens da verdadeira espécie para devotar-se a esta profissão. Devem-se fazer diligentes esforços para induzir homens capazes a se habilitarem para essa obra. Devem ser homens cujo caráter esteja firmado nos vastos princípios da Palavra de Deus -- homens dotados de natural energia, força e perseverança, que os habilitem a alcançar elevada norma de proficiência. MS 74 4 Não é qualquer um que se pode tornar médico de êxito. Muitos assumiram os deveres desta profissão, a todos os respeitos, mal preparados. Não possuem os conhecimentos exigidos; tampouco são dotados da habilidade e do tato, do cuidado e da inteligência necessários para garantir o êxito. O médico pode trabalhar muito melhor, se possui resistência física. Se é fraco, não pode resistir ao fatigante labor peculiar a sua profissão. O homem de débil constituição, dispéptico, ou falto de domínio de si mesmo, não se pode habilitar a lidar com toda sorte de doenças. Deve-se tomar muito cuidado em não animar pessoas que poderiam ser de utilidade em alguma posição de menos responsabilidade a estudar medicina, com grande dispêndio de tempo e recursos, quando não há fundamento para esperar-se que venham a ter êxito. MS 75 1 Fui instruída de que, em vista da probante natureza da obra médico-missionária, os que desejam seguir esse ramo devem ser antes bem examinados por médicos competentes, a fim de verificar se possuem ou não a necessária robustez para resistir ao curso de estudos que devem fazer. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 472, 473. Um apelo ao melhor talento MS 75 2 Deus pede que os melhores talentos estejam unidos a este centro [Loma Linda] para o prosseguimento da obra como Ele indicou -- não o talento que requer maior salário, mas aquele que se colocará do lado de Cristo para trabalhar segundo Seus métodos. Devemos ter instrutores de medicina que ensinem a ciência de curar sem o uso de drogas. ... Cumpre-nos preparar um grupo de obreiros que sigam os métodos de Cristo. -- Carta 196, 1908. A elevada espécie da escola de Loma Linda MS 75 3 Dispomos aqui de vantagens ideais para uma escola e para um sanatório. Há vantagens para os alunos, e grandes vantagens para os pacientes. Fui instruída sobre devermos ter aqui uma escola dirigida de acordo com os princípios das antigas escolas dos profetas. Pode não ser levada avante em todos os sentidos como o são as escolas do mundo, mas deve ser adaptada de modo especial para os que desejam devotar sua vida não a atividades comerciais, senão a serviço desinteressado em favor do Mestre. MS 75 4 Desejamos uma escola da mais elevada espécie -- uma escola na qual a Palavra de Deus seja considerada essencial, e onde se ensine a obediência aos Seus ensinamentos. Para levarmos avante uma escola como essa, precisamos ter educadores cuidadosamente escolhidos. Nossos jovens não devem depender inteiramente das escolas nas quais lhes é dito: "Se você quiser terminar os seus estudos, deve fazer este, ou algum outro curso" -- cursos que talvez não sejam de nenhuma utilidade prática aos que desejam apenas dar ao mundo a mensagem de saúde e paz de Deus. Na educação que muitos recebem, não existem apenas assuntos desnecessários, mas muita coisa positivamente objetável. Devemos procurar dar instrução que prepare os alunos rapidamente para o serviço aos seus semelhantes. MS 76 1 Convém-nos procurar alunos que abram sulcos profundos na Palavra de Deus, e que harmonizem a vida prática com as verdades da Palavra. Seja a educação dada de tal forma que qualifique consagrados moços e moças para saírem em harmonia com a grande comissão. ... MS 76 2 Os médicos devem obter aqui a sua educação. Cumpre-lhes receber aqui tal modelamento que ao saírem para trabalhar, não busquem obter os mais elevados salários, ou do contrário não fazerem nada. -- Palavras de E. G. W., 30 de Outubro de 1907; Manuscrito 151, 1907. Quem deve dedicar-se MS 76 3 Apenas aqueles cujo coração está repleto do amor de Deus e que revelam lhes haver Cristo outorgado Sua graça para adornar sua profissão como missionários para Ele, devem dedicar-se à obra médico-missionária. Os que seguem este ramo do trabalho missionário devem considerar sua obra como uma vocação elevada e santa. Essa obra lhes é confiada como sagrado depósito; e onde quer que estejam, espera o Senhor que eles revelem a excelência de sua missão. -- Carta 186, 1903. Os alunos devem ter força moral MS 76 4 Em quase todas as igrejas há jovens, moços e moças, que podem ser instruídos quer como enfermeiros quer como médicos. ... Apelaria para que se estudasse este assunto com oração, que se fizesse esforço especial para escolher aqueles jovens que dão indicação de utilidade e força moral. -- Conselhos Sobre Saúde, 506, 507. Força de caráter é necessária MS 76 5 Muitos jovens que se apresentam como estando desejosos de educar-se como médicos não possuem aqueles traços de caráter que os habilitarão a resistir às tentações tão comuns ao trabalho de um médico. Devem ser aceitos unicamente os que dão promessa de tornar-se qualificados para a grande obra de transmitir os princípios da verdadeira reforma de saúde. -- Special Testimonies, Série B, 15:21. Sujeito a autoridade MS 76 6 A primeira indicação de irregularidade na conduta deve ser reprimida, e os jovens devem ser ensinados a ser francos, embora modestos e dignos em todas as suas relações. Importa que sejam ensinados a respeitar as normas justas da autoridade. Caso se recusem a fazer isso, devem ser dispensados, seja qual for a posição que ocupem, do contrário desmoralizarão a outros. -- Special Testimonies, Série B, 16:3. Esforço mental e físico proporcionais MS 77 1 Os jovens que são retidos na escola e confinados a intenso estudo não podem ter boa saúde. O esforço mental sem correspondente exercício físico atrai para o cérebro excessiva quantidade de sangue, desequilibrando assim a circulação. O cérebro tem sangue em demasia, ao passo que as extremidades têm muito pouco. As horas de estudo e recreação devem ser reguladas cuidadosamente, e uma parte do tempo deve ser gasta em trabalho físico. Quando os hábitos dos estudantes, de comer e beber, de vestir e dormir, estão em harmonia com a lei física, podem obter educação sem perder a saúde. Deve-se repetir muitas vezes e inculcar na consciência a lição de que a educação será de pouco valor se não houver força física para usá-la depois de ser adquirida. MS 77 2 Os estudantes não devem ter permissão para assumir tantos estudos que não tenham tempo para exercício físico. A saúde não pode ser preservada, a não ser que alguma parte de cada dia seja dedicada à atividade muscular ao ar livre. Horas regulares devem ser dedicadas ao trabalho manual de alguma espécie, algo que ponha em ação todas as partes do corpo. Equilibrai o esforço das faculdades físicas e mentais, e a mente do estudante será refrescada. Se está doente, o exercício físico freqüentemente ajudará o organismo a recuperar a condição normal. Ao saírem os alunos do colégio, devem ter melhor saúde e melhor compreensão das leis da vida do que quando nele entram. A saúde deve ser tão sagradamente cuidada como o caráter. Mentes obscuras e erros dietéticos MS 77 3 Muitos estudantes são deploravelmente ignorantes do fato de que o regime alimentar exerce poderosa influência sobre a saúde. Alguns nunca fizeram um esforço decidido para controlar o apetite ou para observar regras adequadas quanto à alimentação. Comem demasiado, até nas refeições regulares, e alguns comem entre elas, sempre que surge a tentação. Se os que professam ser cristãos desejam solver estas questões tão intrincadas para eles: por que sua mente é tão obtusa, por que suas aspirações religiosas são tão fracas, em muitos casos não precisam ir além da mesa; pois, se não houver outra, há aí uma causa suficiente. MS 78 1 Muitos separam-se de Deus pela condescendência com o apetite. Aquele que observa a queda de um pardal, que conta até os cabelos da cabeça, assinala o pecado dos que condescendem com o apetite pervertido, à custa da debilitação das energias físicas, do entorpecimento do intelecto e do amortecimento das percepções morais. MS 78 2 Os próprios professores devem dar atenção adequada às leis da saúde, a fim de conservarem suas energias nas melhores condições possíveis, e pelo exemplo, bem como por preceito, exercerem uma influência correta sobre seus alunos. O professor cujas energias físicas estão já enfraquecidas pela doença ou por excesso de trabalho, deve dar especial atenção às leis da vida. Cumpre-lhe dedicar tempo à recreação. Ele não deve assumir responsabilidades além do seu trabalho escolar que o sobrecarreguem de tal maneira, física ou mentalmente, que seu sistema nervoso seja desequilibrado; pois neste caso ele estará incapacitado para lidar com mentes, e não poderá fazer justiça a si mesmo ou a seus alunos. MS 78 3 Nossas instituições de ensino devem ser providas de todos os recursos para instrução com respeito ao mecanismo do corpo humano. Deve-se ensinar aos estudantes a respirar, ler e falar de maneira que o esforço não recaia sobre a garganta e os pulmões, mas sobre os músculos abdominais. Os professores precisam educar-se neste sentido. Nossos alunos devem obter um preparo completo, a fim de poderem entrar na vida ativa com um conhecimento racional da habitação que Deus lhes deu. Ensinai-lhes que devem ser aprendizes por todo tempo que viverem. E enquanto lhes estiverdes ensinando, lembrai-vos de que eles ensinarão a outros. Vossas lições serão repetidas em benefício de muitos outros além dos que se assentam diante de vós dia a dia. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 81-84 (1890). Educar na simplicidade de Cristo MS 78 4 O Senhor instruiu-nos quanto a devermos estar sempre a esforçar-nos em nossas instituições de ensino pela perfeição de caráter a ser encontrada na vida de Cristo e na instrução dEle a Seus discípulos. Em tendo recebido nossa missão da mais alta autoridade, devemos educar, educar, educar na simplicidade de Cristo. Nosso alvo deve ser alcançar a mais elevada norma em todos os aspectos de nosso trabalho. Aquele que curou a milhares com um toque e uma palavra é o nosso Médico. As preciosas verdades contidas em Seus ensinos devem ser a nossa vanguarda e nossa retaguarda. MS 79 1 A norma estabelecida para nossos sanatórios e escolas é elevada, e grande responsabilidade repousa sobre os médicos e professores ligados com as nossas instituições. Devem-se fazer esforços para conseguir professores que instruam segundo a maneira de ensinar de Cristo, que considerem isto de mais valor do que quaisquer métodos humanos. Honrem eles as normas educativas estabelecidas por Cristo, e, seguindo-Lhe as instruções, dêem aos seus alunos lições de fé e santidade. MS 79 2 Cristo foi enviado pelo Pai para representar Seu caráter e vontade. Sigamos-Lhe o exemplo de trabalhar para alcançarmos as pessoas onde estão. Os professores que não estão dispostos a harmonizar-se com os ensinos de Cristo, e que seguem os costumes e práticas dos médicos mundanos, estão em desacordo com o encargo que o Salvador nos confiou. -- Carta 61, 1910. Avaliar o custo MS 79 3 Tem-se-me apresentado o fato de que em vossa classe de alunos missionários médicos existem aqueles cujo primeiro trabalho deve ser compreenderem-se a si mesmos, avaliarem o custo e saberem, quando começam a construir, se são capazes de terminar. Não se desonre a Deus levando o homem ao colapso nos processos de educá-lo; pois o homem prostrado, desanimado, é um fardo para si mesmo. Pensar que em qualquer trabalho que ele planeje fazer Deus o susterá, enquanto amontoa estudos sobre si mesmo e se sujeita a exposições que lhe põem em perigo a saúde e a vida, e violam as leis naturais, é contrário à luz que Deus deu. Não se deve abusar da natureza. Ela não perdoará os danos causados à maravilhosa e delicada máquina. MS 79 4 O aluno pálido e fraco é um contínuo descrédito à reforma da saúde. Muito melhor seria saírem os alunos ao ar livre e trabalharem na terra. O exercício é benéfico. Deus deseja que todas as partes do mecanismo humano sejam acionadas. Deve haver horas regulares para trabalhar, para comer, sem calcular o preço exato de cada artigo de alimentação e prover a espécie mais barata. Procurai os artigos alimentares que melhor fazem o calor percorrer a máquina viva. Não existe extravagância alguma em proporcionar os artigos alimentares que possam ser mais bem aceitos e digeridos pelo estômago, e enviados a cada parte do organismo vivo, para que todas possam ser alimentadas. Ele deve conhecer-se a si mesmo MS 80 1 Este é o primeiro dever de cada estudante. Ninguém deve delimitar o que supõe seu colega está capacitado a fazer. Arrazoe cada estudante de maneira cabal quanto ao que pode suportar. Cada qual tem uma individualidade que ninguém pode manejar tão bem como ele próprio. Ninguém pode submergir sua identidade na de outrem. Ele deve conhecer-se, e dar a si mesmo uma oportunidade favorável de apresentar-se com uma constituição intacta, uma mente clara, nervos bem equilibrados e uma boa digestão. Com isto estará preparado para fazer a obra para cuja realização ele se qualificou. Caso se desqualifique por imprudência, comendo apressadamente porque dispõe de pouco tempo, ele se está incapacitando para fazer jamais trabalho sadio e vigoroso. ... Responsabilidades para com Deus MS 80 2 A primeira obra missionária mais elevada e mais aceitável que o estudante pode realizar é obedecer a Deus em tudo o que empreende, em toda ação da máquina maravilhosa que Deus imaginou na formação do homem. Não deve tratar-se indiferentemente; cumpre-lhe conhecer-se a si mesmo, e trabalhar com um conhecimento racional do que pode fazer, e fazer sem medo de errar, e do que deve evitar ao comer e trabalhar. ... Um estômago desordenado significa uma mente desordenada. MS 80 3 Devo dizer a cada estudante: Precisais tomar-vos a vós mesmos pela mão, e não permitir que ninguém fustigue vossos cansados nervos e músculos para se ajustarem a sua medida individual. Sois feitura de Deus, e com pleno senso de vossa responsabilidade para com Deus, deveis tratar-vos corretamente. Dispensai a vós mesmos tempo adequado para dormir. Aqueles que dormem dão à natureza tempo para construir e reparar as energias gastas do organismo. ... Sobrecarregar o corpo MS 80 4 Podeis realizar a melhor obra missionária doméstica cuidando do templo de Deus. ... Não ouseis sobrecarregar esta maravilhosa máquina, para que alguma parte não falhe e leve vosso trabalho a uma paralisação. MS 81 1 Sinto-me penalizada ao serem-me apresentados estudantes que se estão educando para trabalhar em favor da salvação da alma e do corpo dos que perecem ao seu redor, mas que perecerão eles próprios antes que possam executar aquilo para o que se estão esforçando tão ardorosamente. Aprenderão todos os nossos professores e estudantes, antes que vão um pouco mais além, a cuidarem de si mesmos, para que possam cooperar inteligentemente com Deus, levar Sua mensagem, fazer Sua obra, sem ser eliminados no próprio tempo em que são mais necessários? Trabalho manual nas escolas MS 81 2 Em todas as nossas instituições educativas, dever-se-ia ter combinado o trabalho físico e o mental. No vigoroso exercício físico as paixões inferiores encontram um escape sadio e são mantidas nos devidos limites. O exercício saudável ao ar livre fortalecerá os músculos, incentivará a circulação apropriada do sangue, ajudará a preservar o corpo das enfermidades, e será um grande auxílio para a espiritualidade. Por muitos anos me vem sendo mostrado que professores e alunos devem unir-se neste trabalho. Fazia-se isto antigamente nas escolas dos profetas. -- Carta 116, 1898. Assuntos práticos de estudo MS 81 3 Um devotamento demasiado grande ao estudo, mesmo da verdadeira ciência, gera anormal apetite, o qual se desenvolve à medida que é alimentado. Isto cria o desejo de adquirir mais conhecimento do que é essencial para efetuar a obra do Senhor. A perseguição do conhecimento meramente por amor dele desvia a mente da devoção para com Deus, impedindo o progresso no sentido da santidade prática. ... O Senhor Jesus só comunicava a medida de instrução que podia ser utilizada. ... A mente dos discípulos era muitas vezes excitada pela curiosidade; mas em vez de satisfazer-lhes o desejo de conhecer coisas que não eram necessárias para levar devidamente avante seu trabalho, abria-lhes novas direções de idéias ao espírito. Ele lhes dava muito das necessárias instruções quanto à piedade prática. ... Intemperança no estudo MS 81 4 A intemperança no estudo é uma espécie de intoxicação, e aqueles que com ela condescendem, à semelhança do ébrio desviam-se das verdades seguras, e tropeçam e caem nas trevas. O Senhor quer que todo estudante conserve em mente que devemos ter em vista, unicamente, a glória de Deus. Ele, o estudante, não deve exaurir e gastar as faculdades mentais e físicas em buscar obter todo conhecimento possível das ciências, mas cumpre-lhe conservar o brilho e o vigor de todas as suas energias para se empenhar na obra que o Senhor lhe designou em auxiliar almas a encontrar a vereda da justiça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 405, 406. Não divertimento, mas obra consagrada MS 82 1 Alguns há que acham que, se há prosperidade aqui [Loma Linda], será necessário organizar alguma diversão. Que pensamentos como estes não sejam alimentados. Antes permiti que as pessoas vejam que tendes a mente voltada para a utilidade e o dever, e isto para a salvação da alma. Os divertimentos que tomam o tempo, apenas para satisfação própria, não valem a pena. ... MS 82 2 Alguns pensarão que, pelo fato de termos diversões aqui, obteremos mais influência. O que desejamos, porém, é prosseguir firmemente, com as mãos a se apoderarem fortemente da promessa divina, crentes em que Cristo dirigirá, orientará, abençoará, e colocará o selo celestial sobre nosso trabalho. Não considereis que não haja bastante em tudo o que temos para fazer em favor de Cristo e do Céu, neste lugar, e que deveis buscar fora da obra que Deus nos confiou algum divertimento. Não façais isso; pois não se harmonizará com o exemplo de Cristo. Permanecei inabaláveis a favor de Deus. Dizei aos alunos: Temos aqui Riverside e outros lugares. Se desejais fazer um bom trabalho, tomai nossas publicações e levai-as a estes lugares. Realizai reuniões, e permiti que o povo veja que tendes ligação viva com o Céu. -- Manuscrito 9, 1911. Trabalho missionário MS 82 3 Incentivai os alunos a maior atividade no trabalho missionário enquanto estão fazendo seus estudos. -- Manuscrito 53, 1909. Não seja suplantada a verdade MS 82 4 Autorizam-se os alunos a irem para a escola por um certo período de tempo, a fim de adquirirem conhecimento científico; ao fazerem isto, porém, devem eles considerar suas necessidades físicas, e buscar sua educação de maneira que não prejudiquem no mínimo que seja o templo do corpo. Cuidem eles em não condescender com qualquer prática pecaminosa, nem se sobrecarregarem com demasiadas matérias, nem se tornarem tão absorvidos na dedicação a seus estudos que a verdade seja suplantada e o conhecimento de Deus expulso da alma, pelas invenções de homens. MS 83 1 Seja cada momento dedicado ao estudo um momento no qual a alma se ache consciente de suas responsabilidades dadas por Deus. Não haverá então necessidade de se ordenar que os alunos sejam verdadeiros e justos, e preservem sua integridade de alma. Eles respirarão a atmosfera do Céu, e toda atividade será inspirada pelo Espírito Santo, e serão reveladas eqüidade e justiça. MS 83 2 Se, porém, o corpo é negligenciado; se são gastas em estudo horas impróprias; se a mente é sobrecarregada; se são deixadas sem uso e se tornam enfraquecidas as energias físicas, então a máquina humana se entrava, e os assuntos essenciais ao nosso futuro bem-estar e paz eterna são negligenciados. O conhecimento de livros torna-se todo importante, e Deus é desonrado. ... MS 83 3 Muitos se estão arruinando física, mental e moralmente por dedicação excessiva aos estudos. Eles se estão defraudando a si mesmos para o tempo e a eternidade por meio da prática de hábitos de intemperança ao procurarem obter educação. Estão perdendo o seu desejo de aprender, na escola de Cristo, lições de mansidão e humildade de coração. Cada momento que passa está cheio de resultados eternos. Integridade será o resultado certo de seguir no caminho da justiça. -- Special Testimonies on Education, 126, 127. Conselho aos que têm capacidade de resistência limitada MS 83 4 Em virtude do caráter difícil da obra médico-missionária, fui instruída no sentido de que, os que desejam seguir este ramo, devem primeiro ser cabalmente examinados por médicos competentes, para se certificarem se têm ou não a energia necessária para suportar o curso pelo qual devem passar na escola de preparo. MS 83 5 Caso não estejam capacitados a cuidar de um ramo do trabalho mental que abrange um período de dois, três ou cinco anos, conforme o caso, deve-se-lhes dizer isto, e aconselhá-los a passarem suas férias de verão em trabalho ao ar livre; ou, se incapazes de resistir ao esforço do constante trabalho escolar, devem ser aconselhados a gastar muito do seu tempo em trabalho ao ar livre, e estudar por si mesmos os livros. Se forem cuidadosos em se exercitarem suficientemente, a mente estará clara para apreender os assuntos que estudarem sozinhos, e seu progresso será rápido. Esforcem-se eles para tratar dos enfermos, ao terem oportunidade, pondo em prática a teoria conseguida do estudo de livros. Fui instruída no sentido de que em muitos casos se obtém mais conhecimento prático dessa maneira do que por meio de um longo curso em uma escola de medicina. -- Manuscrito 123, 1902. Nossa relação para com as exigências legais MS 84 1 Algumas perguntas me têm sido feitas quanto à nossa relação para com as leis que regem os profissionais de medicina. Precisamos agir com inteligência, pois o inimigo deve sentir-se feliz em impedir o nosso trabalho, de maneira que nossos médicos tenham apenas uma influência limitada. Alguns homens não agem no temor de Deus, e podem procurar levar-nos a problemas, colocando-nos sobre o pescoço jugos que não poderíamos consentir em levar. Não podemos submeter-nos a regulamentos nos quais está envolvido o sacrifício de princípios; pois isto põe em perigo a salvação de almas. MS 84 2 Mas sempre que possamos concordar com a lei local sem colocar-nos numa posição insegura, devemos fazer isso. Leis sábias foram concebidas a fim de proteger as pessoas contra a imposição de médicos desqualificados. Cumpre-nos respeitar estas leis, pois nós mesmos somos por elas protegidos de embusteiros presunçosos. Manifestássemos oposição a essas exigências, contribuiríamos para restringir a influência de nossos missionários médicos. MS 84 3 Devemos considerar de maneira cuidadosa o que se acha envolvido nesses assuntos. Se há condições que não poderíamos aceitar, devemos esforçar-nos para conciliar estes assuntos, de maneira que não haja forte oposição aos nossos médicos. O Salvador recomenda-nos ser prudentes como as serpentes, e simples como as pombas. MS 84 4 O Senhor é nosso Guia e Professor. Ele nos ordena a não nos associarmos com os que não conhecem a Deus. "Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações." Associai-vos com os que honram a Deus guardando os Seus mandamentos. Se parte de nosso povo a recomendação de que nossos obreiros devem buscar sucesso considerando como essencial a educação que o mundo dá, estamos virtualmente dizendo que a influência que o mundo dá é superior à que Deus dá. Deus será desonrado por semelhante conduta. Ele tem pleno conhecimento da fé, certeza e confiança que Seu professo povo tem em Sua providência. MS 85 1 Nossos obreiros devem tornar-se entendidos quanto à vida e à maneira de trabalhar de Cristo. O Senhor ajudará os que desejam cooperar com Ele como médicos, caso eles se tornem discípulos dEle em como trabalhar em favor dos sofredores. Por seu intermédio, exercerá Ele o Seu poder em prol da cura dos doentes. Cooperação com o grande médico MS 85 2 A intemperança e a impiedade estão aumentando por toda parte. A obra de temperança deve começar em nosso próprio coração. E a obra do médico deve começar com uma compreensão das obras e ensinos do grande Médico. Cristo deixou as cortes do Céu a fim de que pudesse ministrar aos enfermos e sofredores da Terra. Cumpre-nos cooperar com o Médico por excelência, andando com toda humildade de espírito diante dEle. Então o Senhor abençoará os nossos ingentes esforços para aliviar a humanidade sofredora. Não é por meio de uso de drogas venenosas que se fará isso, senão pelo uso de remédios simples. Devemos procurar corrigir os hábitos e práticas errados, e ensinar lições de renúncia. A condescendência com o apetite é o maior mal com o qual temos que contender. MS 85 3 A verdade trazida à luz por Cristo ensina que, pela obediência à verdade como é em Jesus, a humanidade pode compreender o poder para vencer as corrupções que pela concupiscência há no mundo. Por meio da fé viva nos méritos de Cristo pode a alma ser convertida e transformada à semelhança de Cristo. Os anjos de Deus estarão ao lado dos que com humildade de espírito aprendem diariamente as lições ensinadas por Cristo. -- Carta 140, 1909. ------------------------Capítulo 5 -- Advertência contra o sofisma espiritualista Edificando sobre a rocha MS 87 1 Cristo ilustrou a edificação do caráter por meio da construção, sobre uma rocha, de uma casa contra a qual a tormenta e a tempestade foram impotentes; e da casa construída sobre a areia, que foi destruída. Estamos vivendo em tempos perigosos. Em meio das cenas mutáveis, com heresias e falsas doutrinas que penetram e que provarão a fé de todos, a casa edificada sobre a sólida rocha não pode ser abalada. Quando, porém, vierem a tempestade e a tormenta, a casa edificada sobre a areia ruirá, e grande será a sua queda. MS 87 2 Devemos ter cuidado, pois, quanto à maneira como construímos. Que ninguém construa de maneira imprudente. A Palavra de Deus é nosso único fundamento. Vir-nos-á toda forma de erro. Alguns desses erros serão bastante capciosos e atrativos; todavia, se recebidos, demolirão os pilares do fundamento que Cristo estabeleceu e colocarão uma estrutura de feitura humana. Há os que vendo, não vêem, e ouvindo, não ouvem, e, sob a orientação de Satanás, preparam fundamentos falsos para a mente humana. MS 87 3 As lições de Cristo devem ser aprendidas por todos. A verdade é sólida e substancial. Essa verdade deve ser apresentada a todos; pois Satanás virá com suas atitudes agradáveis, as quais anulam a Palavra de Deus e desviam a mente da verdade para as fábulas. -- Carta 223, 1905. Teorias científicas espúrias MS 87 4 As teorias científicas espúrias estão penetrando como um ladrão de noite, furtando sub-repticiamente os marcos e minando os pilares de nossa fé. Deus me mostrou que os estudantes de medicina não devem educar-se em tais teorias, pois Deus as não endossará. Estão sendo introduzidas as mais especiosas tentações do inimigo, e estão sendo introduzidas no plano mais alto, mais elevado. Elas espiritualizam as doutrinas da verdade presente até não haver nenhuma distinção entre a substância e a sombra. MS 87 5 Sabeis que Satanás virá para enganar, se possível, os próprios escolhidos. Ele alega ser Cristo, e se apresenta, pretendendo ser o grande médico-missionário. Ele fará com que desça fogo do céu à vista dos homens, para provar que é Deus. Devemos estar protegidos pelas verdades da Bíblia. O pálio da verdade é o único sob o qual podemos estar salvaguardados. -- Special Testimonies, Série B, 6:32, 33. A verdadeira educação superior MS 88 1 As falácias humanas são abundantes e enganadoras. Agentes invisíveis estão em operação para fazer com que a falsidade se pareça com a verdade; erros estão revestidos com uma roupagem enganadora para que os homens sejam levados a aceitá-los como essenciais a uma educação superior. E essas falácias enganarão a muitos dos nossos estudantes, a menos que eles sejam completamente resguardados, e a não ser que sejam impelidos pelo Espírito de Deus a levar no coração e na mente as grandes e santas verdades da Palavra, aceitando-as como os princípios que sustentam a educação superior. Instrução alguma pode exceder em valor à instrução pura de Deus, a qual vem para iluminação de todos os que quiserem ser iluminados. MS 88 2 Nossos estudantes devem ser ensinados a entender que não pode haver ensinamento algum mais elevado do que o que foi dado ao mundo pelo Grande Mestre. Cumpre-nos proteger da tentação os nossos estudantes, tornando as verdades sagradas da Palavra de Deus a base de sua educação. Este conhecimento superior -- o conhecimento da glória de Deus, deve brilhar-lhes no coração, para que a excelência do poder seja de Deus e não dos homens. ... MS 88 3 Adverti cada estudante de que deve estar bem desperto. Seja-lhe esta verdade firmemente fixada na memória por nossos pastores e por todos os que com fé estão fazendo uma parte para libertar do erro a mente humana: que não pode haver nenhuma educação mais elevada do que aquela que emana dAquele que deu a vida para que a humanidade pudesse apossar-se da divindade, e o homem caído se tornasse um com Deus. O professor insensato a ponto de pensar que pode dar aos alunos conhecimento mais perfeito do que o dado pelo Grande Mestre, Cristo Jesus, ignora o que constitui educação superior. -- Carta 98, 1909. A verdade fortalece o intelecto MS 88 4 Considerada e estudada como deve ser, a Palavra de Deus comunicará luz e conhecimento. Sua leitura fortalecerá o intelecto. Pelo contato com as verdades mais puras e mais sublimes, ampliar-se-á a mente, e o gosto se refinará. MS 89 1 Dependemos da Bíblia para o conhecimento da história do início do nosso mundo, da criação do homem e da queda deste. Retirai a Palavra de Deus, e o que podemos esperar, senão ser deixados às fábulas e conjeturas, e àquele enfraquecimento do intelecto que é o resultado certo de acolhermos o erro. Necessitamos da história autêntica da origem da Terra, da queda do querubim cobridor e da introdução do pecado em nosso mundo. Sem a Bíblia, seríamos confundidos pelas falsas teorias. A mente estaria sujeita à tirania da superstição e da falsidade. Tendo, porém, em nosso poder a história verdadeira do começo do nosso mundo, não precisamos enredar a nós mesmos com conjeturas humanas e teorias duvidosas. MS 89 2 Onde quer que estejam, podem os cristãos manter comunhão com Deus. E podem ter prazer no conhecimento da ciência santificada. Sua mente pode ser fortalecida como o foi a de Daniel. Deus lhe deu "o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria". Efeito mental de receber o erro MS 89 3 A mente da qual o erro alguma vez se apossou, jamais pode expandir-se livremente para com a verdade, mesmo após investigação. As teorias antigas exigirão reconhecimento. A compreensão de coisas verdadeiras e elevadas, e a santificação, serão confundidas. Idéias supersticiosas penetrarão na mente, a misturar-se com as verdadeiras, e essas idéias são sempre de influência aviltante. O conhecimento cristão leva seu próprio cunho de superioridade ilimitada em tudo que diz respeito ao preparo para a vida futura e imortal. Distingue o leitor da Bíblia e crente, que tem estado a receber os preciosos tesouros da verdade, do céptico e do adepto da filosofia pagã. MS 89 4 Apegai-vos à palavra: "Está escrito." Expulsai da mente as teorias perigosas, atrevidas que, se acolhidas, manterão a mente em cativeiro, de maneira que o homem não se tornará uma nova criatura em Cristo. A mente deve ser constantemente refreada e guardada. Deve-se-lhe dar como alimento apenas aquilo que fortalecerá a experiência religiosa. -- Manuscrito 42, 1904. A igreja é a fortaleza de Cristo MS 89 5 A Igreja é a fortaleza de Cristo em um mundo revolto, e deve ser rigorosamente protegida contra as astutas ciladas do inimigo. Leis nenhumas devem ser reconhecidas nela senão as de Deus. Aqueles aos quais Deus constituiu como sentinelas não devem ficar de braços cruzados, enquanto se fazem esforços para desviar homens e mulheres da verdade para caminhos errados. Deve-se exercer cuidadosa vigilância contra espíritos enganadores e as doutrinas de demônios. Deus chama pastores e médicos-missionários para tomarem posição firme ao lado do direito. As severas denúncias que Cristo proferiu contra os fariseus por ensinarem como doutrina mandamentos de homens, revelam a necessidade de precaver-nos contra as teorias que não estão em harmonia com a verdade da Palavra de Deus. -- Manuscrito 78, 1904. Exaltar a natureza acima do Deus da natureza MS 90 1 O método geral de educar os jovens não corresponde à norma da verdadeira educação. Sentimentos de descrença são introduzidos no assunto colocado nos livros escolares, e os oráculos de Deus são colocados sob um aspecto discutido ou mesmo objetável. Assim a mente dos jovens torna-se familiarizada com as sugestões de Satanás, e as dúvidas uma vez alimentadas tornam-se para os que as abrigam fatos comprovados, e a pesquisa científica torna-se enganosa por causa da maneira em que suas descobertas são interpretadas e pervertidas. MS 90 2 Homens se arrogam o direito de levar a Palavra de Deus diante de um tribunal finito, e se pronuncia sentença sobre a inspiração de Deus de acordo com medida finita, e se faz a verdade de Deus parecer coisa incerta diante dos registros da Ciência. Obra de falsos educadores MS 90 3 Esses falsos educadores exaltam a Natureza acima do Deus da Natureza e acima do Autor de toda verdadeira ciência. Precisamente no tempo em que os professores deviam ter estado firmes e inabaláveis em seu testemunho, exatamente na ocasião em que deveria ter-se tornado manifesto que sua alma estava firmada na Rocha eterna, quando deviam ter sido capazes de inspirar fé nos que estavam duvidando, eles admitiram sua incerteza quanto a ser verdadeira a Palavra de Deus, ou as descobertas da falsamente chamada ciência. MS 90 4 Aqueles que são verdadeiramente conscienciosos têm sido levados a vacilar em sua fé, por causa da hesitação dos que eram professos expositores da Bíblia, quando lidavam com os oráculos vivos. Satanás tem tirado proveito da incerteza da mente, e por meio de agentes invisíveis tem ele insinuado seus sofismas e feito com que os homens se tornem envolvidos na névoa do cepticismo. MS 91 1 Homens cultos têm feito conferências nas quais foram misturados a verdade e o erro e têm abalado a mente dos que se inclinam para o erro em lugar de se inclinarem para a verdade. Os enganos bem elaborados, dos chamados homens sábios, possuem um encantamento para certa classe de estudantes; todavia, a impressão que essas conferências deixam na mente é a de que o Deus da Natureza é limitado por Suas próprias leis. A teoria da imutabilidade da natureza MS 91 2 Tem-se demorado muito sobre a imutabilidade da Natureza, e teorias cépticas têm sido prontamente adotadas por aqueles cuja mente escolheu a atmosfera de dúvida, pelo fato de não estarem eles em harmonia com a santa lei de Deus, a base de Seu governo no Céu e na Terra. Sua tendência natural para o mal lhes tornou fácil escolherem os caminhos falsos e duvidarem da fidedignidade dos registros e da história tanto do Velho como do Novo Testamento. MS 91 3 Envenenados com o erro, eles próprios, têm aguardado cada oportunidade para semearem as sementes da dúvida em outras mentes. A Natureza é exaltada acima do Deus da Natureza, e destruída a simplicidade da fé; pois se faz parecer incerto o fundamento desta. Empanada pelo cepticismo, a mente dos que duvidam é deixada a chocar-se contra as rochas da descrença. -- The Youth's Instructor, 31 de Janeiro de 1895. Conhecimento certo de Deus MS 91 4 Tenho uma mensagem para levar aos que se sentem seguros de que estão preparados para fazer obra médico-missionária. Compreendem os que estão tomando parte nesta obra que estamos perto do fim da história deste mundo, e que devemos entender plenamente a obra que está diante de nós? A primeira coisa que os missionários médicos precisam fazer é adquirir um conceito certo de Deus; não um conceito baseado em seu próprio julgamento humano, mas fundamentado no estudo constante da Palavra de Deus e do caráter e vida de Cristo. MS 91 5 A Palavra de Deus e Suas obras encerram o conhecimento dEle próprio, o qual Ele houve por bem revelar-nos. Podemos entender a revelação que, dessa forma, deu Ele de Si mesmo. É, porém, com temor e tremor, e com um senso de nossa própria pecaminosidade, que devemos fazer esse estudo; não com o desejo de procurar dar uma explicação de Deus, senão com o desejo de adquirir aquele conhecimento que nos habilitará a servi-Lo de maneira mais aceitável. MS 92 1 Que ninguém se aventure a explicar a Deus. Os seres humanos não podem explicar-se a si mesmos; como, pois, ousam aventurar-se a explicar Aquele que é onisciente? Satanás está pronto para dar a tais pessoas um falso conceito de Deus. MS 92 2 Aos curiosos, levo a mensagem de que Deus não me instruiu a idear as respostas às perguntas dos que inquirem com respeito às coisas que não foram reveladas. As coisas reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos. Além destas, não devem os seres humanos tentar ir. Não devemos procurar explicar aquilo que Deus não revelou. Cumpre-nos estudar a revelação, dada por Cristo, o Grande Mestre, do caráter de Deus, a fim de que em espírito, palavras e atos possamos representá-Lo perante os que O não conhecem. Onde o silêncio é eloqüência MS 92 3 No que diz respeito à personalidade e prerrogativas de Deus, onde Ele está, e o que Ele é, este é um assunto no qual não devemos ousar tocar. Sobre este tema o silêncio é eloquência. São aqueles que nenhum conhecimento experimental têm de Deus, que se aventuram a especular a Seu respeito. Conhecessem mais dEle, teriam eles menos o que dizer acerca do que Ele é. Aquele que na vida diária mantém a mais estreita comunhão com Deus, e que tem o mais profundo conhecimento dEle, compreende com mais intensidade a total incapacidade dos seres humanos para explicar o Criador. ... MS 92 4 Deus sempre existiu. Ele é o grande EU SOU. O salmista declara: "Antes que os montes nascessem e se formassem a Terra e o mundo, de eternidade a eternidade Tu és Deus." Ele é o alto e o sublime que habita na eternidade. "Eu o Senhor, não mudo", declara Ele. Com Ele não há mudança nem sombra de variação. Ele é "o mesmo ontem, hoje e eternamente". É infinito e onipresente. Nenhumas palavras nossas podem descrever a Sua grandeza e majestade. A simplicidade do ensino de Cristo MS 93 1 O ensinamento bíblico de Deus é o único ensinamento seguro para ser seguido pelos seres humanos. Devemos aferir a nossa fé por um claro "Assim diz o Senhor". O conhecimento de Si mesmo, que Deus deseja que adquiramos de Sua palavra, se introduzido na vida diária, tornará fortes a homens e mulheres para resistirem ao mal e se capacitarem para representá-Lo. MS 93 2 Necessitamos estudar a simplicidade dos ensinos de Cristo. Ele encarece a necessidade da oração e humildade. Estas são a nossa proteção contra os argumentos errôneos pelos quais Satanás procura levar-nos para outros deuses, e a aceitar as teorias enganosas, por ele revestidas de roupagens de luz. MS 93 3 O homem cego espiritualmente é facilmente levado por aqueles que aproveitam toda oportunidade para desenvolver teorias e conjeturas com respeito a Deus. A pessoa enganada por Satanás comunica ao semelhante a nova luz que supõe ter recebido, da mesma forma que Eva pôs o fruto proibido na mão de Adão. Os pagãos ignorantes não se acham em pior condição espiritual do que o homem que conheceu a verdade, mas aceitou o erro. ... Resistir ao inimigo MS 93 4 Satanás apresenta, de início, cautelosamente, as suas teorias, e se nota que seus esforços obtiveram êxito, introduz teorias ainda mais enganosas, procurando desviar homens e mulheres dos princípios fundamentais que Deus deseja constituam a salvaguarda do Seu povo. MS 93 5 Não aceitem os obreiros médicos-missionários teorias que Deus não deu a ninguém. Deus não desculpa os homens por ensinarem teorias que Cristo não ensinou. Ele pede ao Seu exército de obreiros que entre em fila, tomando sua posição sob o estandarte da verdade. Ele os adverte a se precaverem de ocupar o tempo na discussão de assuntos que Deus não autorizou ser humano algum a discutir. MS 93 6 Vistamos cada peça da armadura cristã, e resistamos firmemente ao inimigo. Teremos que defrontar-nos com anjos caídos e com o príncipe dos poderes das trevas. Satanás não está de maneira alguma adormecido; ele está inteiramente desperto, e está jogando a partida da vida pela alma do povo de Deus. Ele virá até eles com lisonjas de toda espécie, na esperança de desviá-los de sua lealdade. Deseja desviar-lhes a atenção dos assuntos verdadeiros para as falsas teorias. Chamado para despertar MS 94 1 Pastores e médicos, fazei soar o alarme. Apelai ao povo de Deus para que seja verdadeiro e fiel. Permanecei em guarda. Lembrai-vos de que ao cooperardes com Deus, tendes como vossos auxiliares anjos magníficos em poder. Não aceiteis as teorias apresentadas pelos que não se estão colocando no verdadeiro fundamento, os que estão fascinados com aquilo cujo verdadeiro significado desconhecem. MS 94 2 Despertai, meus irmãos, despertai, e erguei o sinal de perigo. Fazei soar a advertência. Homem algum vos persuada a aceitar teorias que se opõem às verdades da Palavra de Deus. Os servos de Deus têm uma mensagem solene a transmitir a este mundo caído e amaldiçoado pelo pecado. Cumpre-lhes manter erguida a bandeira sobre a qual estão escritas as palavras: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." -- Manuscrito 132, 1903. Deus revelado em sua palavra e em suas obras MS 94 3 Ninguém ensine coisas que o Redentor, Aquele a quem pertence o homem, corpo, alma e espírito, não ensinou. Não necessitamos de nenhum ensinamento fantasioso quanto à personalidade de Deus. O que Deus deseja que conheçamos a respeito dEle está revelado em Sua Palavra e em Suas obras. As belas coisas da Natureza revelam-Lhe o caráter e o poder como Criador. São Sua dádiva à raça, para mostrar Seu poder e indicar que Ele é um Deus de amor. Todavia, ninguém está autorizado a dizer que Deus mesmo está em pessoa na flor, folha ou árvore. Estas coisas são obra das mãos de Deus, as quais revelam o Seu amor à humanidade. MS 94 4 Tomar, porém, as obras de Deus, e apresentá-las como sendo Deus, é uma terrível falsificação a Seu respeito. Fui chamada a enfrentar esta representação no início de minha obra, ao ser comissionada pelo Senhor em minha juventude para sair e proclamar o que Ele me mandaria proclamar. E como o Senhor me dirigirá, devo fazer agora o que puder para anular todo este ensinamento, e as teorias que levam a semelhante ponto de vista. Os que defendem essas teorias não sabem para onde se dirigem seus pés. MS 95 1 O de que mais necessitamos é um conhecimento experimental de Deus como Ele Se acha revelado em Sua Palavra. Tal conhecimento nos habilitará a ver nossa imperfeição de caráter e nossa ignorância de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. ... Conjeturas com respeito a Deus MS 95 2 Os talentos humanos e a humana conjetura têm procurado por meio da pesquisa achar a Deus. Muitos têm trilhado este caminho. O mais elevado intelecto pode esforçar-se até gastar-se, em conjeturas a respeito de Deus, mas o empenho será infrutífero, e permanecerá o fato de que o homem não pode, por meio de pesquisa, achar a Deus. Não nos foi dado resolver este problema. Tudo o que o homem precisa conhecer, e pode saber de Deus, foi revelado na vida e no caráter de Seu Filho, o Grande Mestre. Ao aprendermos mais e mais daquilo que é o homem, do que nós mesmos somos, aos olhos de Deus, temeremos e tremeremos diante dEle. Nasce o homem como rei? MS 95 3 Aos que desejam representar cada homem como nascendo rei, aos que não querem estabelecer nenhuma distinção entre o converso e o inconverso, àqueles que estão perdendo a apreciação de sua necessidade de Cristo como seu Salvador, gostaria de dizer: Pensai em vós mesmos, como tendes estado durante o período de vossa existência! Ser-vos-ia cômodo ou agradável contemplar quadro após quadro do trabalho de vossa vida, aos olhos dAquele que conhece cada pensamento do homem, e perante cujo olhar os feitos de todo homem estão como um livro aberto? O perigo da vaidade MS 95 4 Apelo a todos os que estão empenhados no serviço de Deus a se colocarem inteiramente ao lado de Cristo. Há perigos à direita e à esquerda. Nosso maior perigo virá da parte de homens que entregaram sua alma à vaidade, que não têm dado atenção às palavras de advertência e reprovação enviadas por Deus. Ao escolherem tais homens sua própria vontade e caminho, o tentador, trajado com vestes de anjo, acha-se bem ao lado deles, pronto para unir com a deles a sua influência. Ele lhes revela enganos muito atraentes, os quais eles apresentam ao povo de Deus. Alguns dos que atentam para eles serão enganados e operarão em setores perigosos. MS 96 1 O Senhor chama. Ouvirão homens e mulheres a Sua voz? Ele dá a advertência. Ouvi-la-ão eles? Atentarão para a última mensagem de misericórdia ao mundo caído? Aceitarão eles o jugo de Cristo e aprenderão com Ele de Sua mansidão e humildade? -- Carta 240, 1903. Especulações quanto à personalidade de Deus MS 96 2 Teu conhecimento de Deus e de Seus atributos tem diminuído desde que começaste a especular a respeito de Sua natureza e prerrogativas. MS 96 3 A igreja está agora empenhada em uma guerra que aumentará em intensidade precisamente no ponto em que te tens desviado do caminho certo. Coluna alguma da nossa fé deve ser movida. Nenhuma linha da verdade revelada deve ser substituída por teorias novas e fantasiosas. MS 96 4 A verdade foi-nos dada em linhas claras. Sob a orientação de Deus, têm-se preparado livros que expressam claramente a verdade para este tempo. Se não crês nestas provas, não crerias mesmo que alguém ressuscitasse. MS 96 5 Deves produzir obras dignas de arrependimento. Chega-te perante Deus em humildade e contrição. Deve haver trabalho harmonioso entre o povo de Deus. Cumpre-nos saber quem há de seguir a luz. "Se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-o." -- Carta 247, 1903. Teorias sutis com respeito a Deus MS 96 6 Ninguém vos leve, com artifício, à crença de que Deus é uma essência que impregna a Natureza. Tal idéia é um capcioso engano. Estejam todos precavidos contra estas suposições. Vestidas com belas roupagens, estas teorias sutis preparam o caminho para erros maiores que, uma vez aceitos, levarão até mesmo crentes conscientes na verdade a se desviarem de sua firmeza, para as falsas doutrinas. MS 96 7 Precisamos examinar, de tempos em tempos, conjuntamente, as razões de nossa fé. É essencial que estudemos cuidadosamente as verdades da Palavra de Deus; pois lemos que "alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios". Estamos em grave perigo quando consideramos levianamente qualquer verdade; pois então a mente se abre para o erro. Devemos atentar para como e o que ouvimos. Não precisamos buscar entender os argumentos que os homens apresentam em apoio de suas teorias, quando se pode perceber facilmente que essas teorias não estão em harmonia com as Escrituras. Alguns que pensam possuir conhecimento científico, estão, por meio de suas interpretações, apresentando idéias errôneas tanto da Ciência como da Bíblia. Deixai que a Bíblia resolva cada questão essencial à salvação do homem. -- Carta 25, 1904. Destruídos o refreamento e o controle moral MS 97 1 Não somos chamados a entrar em controvérsia com os que defendem falsas teorias. A controvérsia é improdutiva. Cristo jamais a aceitou. "Está escrito", é a arma utilizada pelo Redentor do mundo. Apeguemo-nos à Palavra. Deixemos que o Senhor Jesus e Seus mensageiros testifiquem. Sabemos que o Seu testemunho é verdadeiro. MS 97 2 Cristo Se acha sobre todas as obras de Sua Criação. Guiou Ele os filhos de Israel na coluna de fogo, enquanto Seus olhos viam presente, passado e futuro. Ele deve ser reconhecido e honrado por todos os que amam a Deus. Seus mandamentos devem ser reverenciados, acariciados e obedecidos. Devem eles ser o poder controlador na vida de Seu povo. MS 97 3 O tentador vem com a suposição de que Cristo mudou o seu trono de honra e poder para alguma região desconhecida, e de que os homens não precisam mais sofrer o incômodo de Lhe exaltarem o caráter e obedecerem à Sua lei. Os seres humanos devem servir de lei para si mesmos, declara ele. Os sofismas que ele introduz diminuem a Deus e O reduzem a nada. A restrição e o controle moral na família humana são destruídos. O refreamento sobre o vício torna-se cada vez mais fraco. O mundo não ama nem teme a Deus. E os que não amam nem temem a Deus, logo perdem o senso de obrigação uns para com os outros. Estão no mundo sem Deus e sem esperança. -- Manuscrito 92, 1904. Nenhum resquício de panteísmo MS 97 4 De Cristo emana toda a verdade. Separada de Cristo, a Ciência é engano, e loucura a filosofia. Os que se acham separados do Salvador exporão teorias que se originam com o astuto inimigo. A vida de Cristo sobressai como o contraste de toda falsa ciência, todas as teorias errôneas, todo método enganoso. MS 97 5 Embusteiros surgirão com teorias que não têm nenhum fundamento na Palavra de Deus. Cumpre-nos segurar no alto a bandeira que leva a inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Devemos conservar firme o princípio de nossa confiança até o fim. Ninguém tente diluir a verdade com uma mistura de sofisma. Ninguém tente arrancar o fundamento de nossa fé, ou arruinar o modelo trazendo para o tecido fibras de imaginação humana. Nenhum fio de panteísmo deve ser introduzido no tecido. A sensualidade, ruinosa para a alma e para o corpo, é sempre o resultado de introduzir estes fios no tecido. -- Carta 249, 1903. A questão prevista MS 98 1 Fui advertida [1890] de que futuramente teremos uma luta constante. A chamada ciência e a religião serão postas em oposição uma à outra, pois os homens finitos não compreendem o poder e a grandeza de Deus. Foram-me apresentadas estas palavras das Escrituras Sagradas: "Dentre vós mesmos se levantarão homens falando coisas perversas para arrastar os discípulos atrás deles." MS 98 2 Certamente se verá isto entre o povo de Deus, e haverá os que serão incapazes de perceber as verdades mais maravilhosas e importantes para este tempo, verdades essenciais à sua própria salvaguarda e salvação, enquanto assuntos que são em comparação como o mais simples átomo, e nos quais raramente há uma partícula de verdade, são encarecidos e magnificados pelo poder de Satanás de maneira que pareçam da maior importância. A visão moral desses homens está enferma; eles não sentem sua necessidade da unção celestial, a fim de que possam discernir as coisas espirituais. Eles se consideram sábios demais para errar. MS 98 3 Os homens que não mantêm uma experiência diária nas coisas de Deus não andarão sabiamente ao lidarem com responsabilidades sagradas; eles considerarão a luz como erro, e ao erro especioso proclamarão luz, interpretarão os fantasmas como realidades e as realidades como fantasmas, chamando um mundo de átomo e de átomo um mundo. Eles cairão nos erros e enganos que Satanás preparou como armadilhas ocultas para enredar os pés dos que pensam que podem andar em sua sabedoria humana sem a especial graça de Cristo. Jesus deseja que os homens vejam não homens que andam como árvores, mas que vejam as coisas claramente. Existe apenas um remédio para a alma pecadora, e a menos que ele seja recebido, os homens aceitarão um engano após outro, até que seus sentidos estejam pervertidos. ... Inseparáveis a moralidade e a religião MS 99 1 Não se pode separar a moralidade da religião. A tradição conservadora recebida de homens cultos e dos escritos de grandes homens do passado não constituem toda uma orientação segura para nós nestes últimos dias; pois a grande luta que está diante de nós é tal que o mundo jamais viu. Os irmãos que não tiveram uma parte nesta obra no passado, precisam andar com muito maior cuidado com respeito àquilo que aceitam e ao que rejeitam; necessitam penetrar muito mais fundo do que seu limitado conhecimento espiritual ou seus presentes hábitos e opiniões os levam a fazer. Todos estes podem precisar reformar-se. MS 99 2 Nenhum de nós está seguro, mesmo tendo experiência na obra, e certamente não estamos seguros se não tivermos obtido essa experiência, a menos que vivamos como vendo Aquele que é invisível. Diariamente, a toda hora, devemos ser movidos pelos princípios da verdade bíblica -- a justiça, a misericórdia e o amor de Deus. Aquele que deseja obter poder moral e intelectual, deve retirá-los da Fonte divina. Em cada assunto ou decisão, perguntai: É este o caminho do Senhor? MS 99 3 Com a Bíblia aberta diante de vós, consultai a razão santificada e uma boa consciência. Vosso coração deve ser movido, tocada vossa alma, vossa razão e intelecto despertados, pelo Espírito de Deus; os sagrados princípios estabelecidos em Sua Palavra comunicarão luz à alma. Eu vos afirmo, meus irmãos, que a nossa verdadeira fonte de sabedoria, virtude e poder se acha na cruz do Calvário. Cristo é o autor e o consumador de nossa fé. Ele diz: "Sem Mim, nada podeis fazer." Jesus é a única segura garantia para o sucesso intelectual e para o progresso. -- Manuscrito 16, 1890. Especulações com respeito à vida futura MS 99 4 Homens há hoje que expressam a crença de que haverá casamentos e nascimentos na nova Terra; os que crêem nas Escrituras, porém, não podem admitir tais doutrinas. A doutrina de que nascerão filhos na nova Terra não constitui parte da "firme palavra da profecia". As palavras de Cristo são demasiado claras para serem entendidas mal. Elas esclarecem de uma vez por todas a questão dos casamentos e nascimentos na nova Terra. Nenhum dos que forem despertados da morte, nem dos que forem trasladados sem ver a morte, casará ou será dado em casamento. Eles serão como os anjos de Deus, membros da família real. Pregai a palavra MS 100 1 Gostaria de dizer aos que defendem pontos de vista contrários a esta clara afirmação de Cristo: Sobre este assunto, o silêncio é eloqüência. É presunção condescender com suposições e teorias a respeito de assuntos que Deus não tornou claros para nós em Sua Palavra. Não precisamos entrar em especulação quanto ao nosso estado futuro. MS 100 2 Aos meus irmãos de ministério gostaria de dizer: "Que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo." Não tragais para o fundamento madeira, feno ou palha -- vossas suposições e especulações, as quais não podem beneficiar a ninguém. MS 100 3 Cristo não retinha nenhuma verdade essencial à nossa salvação. As coisas reveladas são para nós e nossos filhos, mas não devemos permitir que nossa imaginação fabrique doutrinas concernentes a coisas não reveladas. MS 100 4 O Senhor tomou todas as providências para nossa felicidade na vida futura. Todavia, Ele não fez nenhuma revelação quanto a estes planos, e não devemos cogitar a respeito deles. Nem devemos medir as condições da vida futura pelas condições desta vida. -- Manuscrito 28, 1904. Engano quanto à afinidade espiritual MS 100 5 Foste apresentado a mim como estando em grave perigo. Satanás está ao teu encalço, e por vezes te tem segredado fábulas agradáveis, mostrando-te encantadores quadros de alguém que ele representa como te sendo uma companheira mais adaptada do que a esposa de tua mocidade, a mãe de teus filhos. MS 100 6 Satanás está operando furtivamente, incansavelmente, para conseguir tua queda mediante especiosas tentações. Está ele resolvido a fazer-se teu professor, e deves agora colocar-te onde possas receber forças para lhe resistir. Ele espera envolver-te nas malhas do espiritualismo. Espera afastar da esposa a tua afeição e fixá-la em outra mulher. Deseja que lhe permitas que o pensamento demore sobre essa mulher até que, graças a uma afeição profana ela se torne para ti uma deusa. MS 100 7 O inimigo das almas ganha muito quando consegue levar a imaginação de um dos escolhidos atalaias de Jeová a demorar o pensamento nas possibilidades de associação, no mundo por vir, com uma mulher a quem ama, e ali criar família. Não precisamos desses quadros aprazíveis. Todos esses pontos de vista se originam da mente do tentador. MS 101 1 Temos a clara afirmação de Cristo de que no mundo vindouro os redimidos "não se casam nem se dão em casamento. Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição". MS 101 2 Foi-me apresentado o fato de que as fábulas espirituais estão levando cativos a muitos. Tua mente é sensual, a menos que venha uma mudança, isso se demonstrará tua ruína. A todos os que condescendem com fantasias profanas, desejo dizer: Parai! por amor de Cristo, parai exatamente onde estais. Estais em terreno proibido. Arrependei-vos, eu vos rogo, e convertei-vos. -- Carta 231, 1903. Um falso céu MS 101 3 Quão incansavelmente tem Deus vigiado sobre Sua igreja! Não faremos a nossa parte a fim de que Ele nos dê a graça que nos habilite a alcançar a perfeição do caráter de Cristo? Não vos permitais a vós mesmos ser levados a pensar que vivereis no Céu enquanto estiverdes neste mundo caído. Os que pensam isto, conservam a mente na expectativa de alguma experiência sensacional que lhes faça a alma flutuar numa atmosfera refinada e espiritual. Esta, porém, não é a verdadeira ciência da experiência cristã. Quando eles pensam que alcançaram as alturas espirituais da pureza, Satanás, na forma de um anjo de luz, apresenta-lhes condescendências nas quais faz parecer não haver nenhum pecado. MS 101 4 Advirto-vos contra estas doutrinas aparentemente elevadas, que dizem que o pecado não é pecado, e ensinam a possibilidade de viver uma vida espiritualista, fora do alcance da vergonha do pecado. Escrevo isto porque há mentes tentadas com respeito a essa ciência refinada de consecuções espiritualistas. Defrontar-vos-eis com essa ciência, e mal sabereis como manejá-la. MS 101 5 Chegamos aos perigos dos últimos dias, quando alguns, sim, muitos, apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Sede cautelosos no que se refere ao que ledes e a como ouvis. Não tomeis o mínimo interesse em teorias espiritualistas. Satanás está aguardando para insinuar-se na mente de todos os que permitem ser enganados por seu hipnotismo. Ele começa a exercer seu poder sobre eles, tão logo começam eles a investigar-lhe as teorias. -- Carta 123, 1904. Negligenciando verdades fundamentais em prol de especulações ociosas MS 102 1 Acham-se na Palavra de Deus grandes verdades que são dignas de estudo intenso. Negligenciaremos essas grandes verdades fundamentais a fim de podermos entrar em especulação sobre o que não foi claramente revelado? Freqüentemente são me feitas perguntas, com respeito a algumas doutrinas teóricas, que não me sinto com nenhuma liberdade para responder. Respondo às vezes, aos que me fazem tais perguntas: "Tendes a Palavra. Se o Senhor desejasse que soubésseis com respeito a este assunto, encontraríeis esse conhecimento na Palavra de Deus, e não necessitaríeis consultar-me. Se alcançarmos o Céu, poderemos então compreender os assuntos que não nos são claros agora." Estudemos as grandes verdades das Escrituras; elas são suficientes para forçar a nossa mente ao máximo de sua capacidade. MS 102 2 "E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." Oh! conhecemos nós a Deus como devemos? Que conforto, que alegria, sentiríamos se aprendêssemos diariamente as lições que Ele deseja que aprendamos! Devemos conhecê-Lo por meio de conhecimento experimental. Ser-nos-á benéfico gastar mais tempo em oração secreta, em relacionar-nos pessoalmente com nosso Pai celestial. Em nossa fraqueza, podemos ir a Ele, e pedir-Lhe que nos dê a compreensão do que Ele fará em nosso favor ao afastar de nós tudo o que é dessemelhante de Seu próprio caráter. -- The Review and Herald, 15 de Agosto de 1907. Honrando a superstição e a falsidade MS 102 3 Oro para que nosso povo não caia vítima das armadilhas que Satanás tem posto para apanhar as almas incautas. Mas mesmo agora muitos estão confusos. Todos necessitam ser estudantes independentes da Bíblia. Estou escrevendo palavras de advertência, para que ninguém precise ser induzido pelo inimigo, a levar outros para caminhos tortuosos. MS 102 4 Tenho carregado um pesado fardo por causa da publicação de _____. Acho que o Senhor permitiu que este assunto se desenvolvesse a fim de levar nosso povo a entender e valorizar corretamente as verdades fundamentais que, como um povo, recebemos da Palavra de Deus. Precisamos saber que não temos seguido fábulas artificialmente compostas. Nosso Pai nos manda recordar os dias passados, após os quais travamos um grande combate de aflições, ao sermos iluminados. Tenho recebido as mais preciosas confirmações de que nossas primeiras experiências provieram de Deus. Desejo que cada pessoa do nosso povo saiba, como eu sei, da maneira segura e certa em que o Senhor nos guiou nos tempos passados. ... MS 103 1 Causa-me grande tristeza ao coração ver que há entre nossos obreiros quem não compreenda o caráter perigoso das doutrinas que alguns estão admitindo com relação a Deus. Sei quão perigosos são estes sentimentos. Antes que eu tivesse dezessete anos de idade, tive que dar testemunho contra eles diante de grandes grupos. ... MS 103 2 Agora, dão-se falsas interpretações às verdades da Palavra, a fim de agradar a mentes iludidas. Faz-se o erro parecer verdade. Estou instruída a dar um testemunho decidido contra essas teorias que conduzem ao erro. Sou portadora de uma mensagem oposta às heresias e sofismas que estão sendo propagados por Satanás. A vida e os ensinos de nosso Senhor não dão margem alguma para estas fábulas artificialmente compostas. A perda da vida eterna é o preço que se terá de pagar por continuar honrando a superstição e a falsidade acima da Palavra de Deus, tornando sem nenhum efeito os Seus ensinos. MS 103 3 O caráter e o poder de Deus são revelados pelas obras de Suas mãos. Devemos ver no mundo natural provas do amor e da bondade de Deus. Essas indicações são dadas para desviar a atenção da Natureza para o Deus da Natureza, a fim de que sejam entendidos "o Seu eterno poder e a Sua divindade". -- Carta 262, 1903. ------------------------Capítulo 6 -- Verdadeiro e falso sistema de cura da mente Felicidade e saúde MS 105 1 A afinidade que existe entre a mente e o corpo é muito grande Quando um é atingido, o outro é influenciado. O estado mental tem muito que ver com a saúde física. Se a mente estiver livre e feliz pela convicção de estar praticando a justiça e pelo senso da satisfação de tornar outros felizes, isto ocasionará uma alegria que agirá sobre o físico todo, produzindo uma livre circulação do sangue e a tonificação do corpo todo. A bênção de Deus é cura; e os que são pródigos em beneficiar a outros notarão essa bênção maravilhosa em seu coração e em sua vida. -- Testimonies for the Church 4:60. Milhares sofrem sem necessidade MS 105 2 Milhares que sofrem e agonizam ao nosso redor poderiam ficar bons e viver, se desejassem; todavia, sua imaginação os prende. Temem piorar se trabalharem ou fizerem exercício, quando é precisamente esta a mudança de que necessitam para ser curados. Sem isso jamais podem melhorar. Deviam exercitar o poder da vontade, erguer-se acima de suas dores e debilidades, entregar-se a empreendimentos úteis e se esquecerem de que têm costas, lados, pulmões e cabeça doloridos. Deixando de exercitar todo o corpo, ou parte dele, trarão sobre si condições mórbidas. A inação de qualquer dos órgãos do corpo será seguida de uma diminuição do tamanho e força dos músculos, e fará com que a corrente sanguínea circule vagarosamente através dos vasos sanguíneos. -- Testimonies for the Church 3:76. Saúde através de serviço a outros MS 105 3 Os que, na medida do possível, se dedicam à obra de fazer o bem aos outros, dando demonstração prática de seu interesse por eles, não só estão aliviando os sofrimentos da vida humana ao ajudá-los a conduzirem seus fardos, mas ao mesmo tempo estão contribuindo grandemente para sua própria saúde da alma e do corpo. Fazer o bem é uma obra que beneficia tanto ao doador como ao recebedor. Se vos esquecerdes a vós mesmos no interesse de outros, obtereis vitória sobre vossas enfermidades. A satisfação que sentireis ao fazer o bem, ajudar-vos-á grandemente na recuperação do estado saudável da imaginação. MS 106 1 A alegria de fazer o bem estimula a mente e vibra através de todo o corpo. Enquanto o rosto do homem beneficente é iluminado pela alegria, e seu semblante expressa a elevação moral da mente, o do egoísta e mesquinho é deprimido, abatido e sombrio. Seus defeitos morais lhe são vistos no semblante. ... MS 106 2 Enfermos, advirto-vos a que vos atrevais a alguma coisa. Despertai o poder de vossa vontade, e fazei pelo menos uma prova desse assunto. Desviai de vós mesmos os vossos pensamentos e afeições. Andai pela fé. Estais inclinados a centralizar vossos pensamentos em vós mesmos, temendo exercitar-vos, e receando que se vos expuserdes ao ar perdereis a vida? Resisti a esses pensamentos e sentimentos. Não vos submetais a vossa imaginação doentia. -- Testimonies for the Church 2:534. Trabalho braçal versus atividade saudável MS 106 3 O trabalho manual ativa a circulação do sangue. Quanto mais ativa a circulação, tanto mais livre estará o sangue de obstruções e impurezas. O sangue nutre o corpo. A saúde do corpo depende da circulação perfeita do sangue. Se o trabalho for realizado sem o coração estar nele, é simplesmente trabalho servil, e o benefício que deveria resultar do exercício não é obtido. -- The Health Reformer, Maio de 1873. Contentamento e alegria MS 106 4 Uma mente bem disposta, um espírito alegre, é saúde para o corpo e energia para a alma. Nenhuma causa de doença é tão fecunda como a depressão, a melancolia e tristeza. A depressão mental é terrível. -- Testimonies for the Church 1:702. Incluindo o poder da vontade MS 106 5 Nas viagens, tenho deparado com muitos que eram realmente sofredores imaginários. Faltava-lhes força de vontade para subir acima da doença do corpo e da mente e combatê-la; e, por isso, foram detidos na escravidão do sofrimento. Grande parte dessa espécie de doentes é encontrada entre a juventude. MS 106 6 Às vezes me encontro com mulheres jovens prostradas no leito de dor. Elas se queixam de dor de cabeça. Seu pulso pode estar firme, e elas serem corpulentas; todavia sua pele amarelada indica que elas estão biliosas. Meu pensamento tem sido que, se eu estivesse em seu estado, saberia imediatamente que atitude tomar para obter alívio. Embora me sentisse indisposta, não esperaria para recuperar-me deitada. Traria em meu auxílio o poder da vontade, e deixaria a cama e me dedicaria a ativo exercício físico. Observaria estritamente hábitos regulares de levantar cedo. Comeria pouco, aliviando dessa forma o meu organismo de carga desnecessária, incentivaria a alegria e proporcionaria a mim mesma os benefícios do exercício apropriado ao ar livre. Tomaria banho frequentemente, e beberia bastante água pura e refrescante. Caso fosse seguida essa conduta de maneira perseverante, resistindo à inclinação para agir de maneira diferente, operaria maravilhas na recuperação da saúde. Falsas indisposições MS 107 1 Sinto tristeza pelos que não só se enganam a si mesmos pensando que estão doentes, mas que se conservam enganados por seus pais e amigos, os quais acariciam suas enfermidades e os dispensam do trabalho. Fossem eles colocados em situação tal que se vissem compelidos a trabalhar, dificilmente falariam de dificuldades que, enquanto na indolência, os mantêm na cama. O exercício físico é uma preciosa bênção tanto para as enfermidades da mente como as do físico. O exercício, com alegria, provar-se-ia em muitos casos um restaurador muito eficaz para os inválidos queixosos. A ocupação útil poria em exercício os músculos enfraquecidos, estimularia o sangue estagnado no organismo, e despertaria o fígado entorpecido para realizar o seu trabalho. A circulação do sangue seria uniformizada e o organismo todo revigorado para vencer as más condições. MS 107 2 Eu freqüentemente volto de junto do leito desses inválidos voluntários, dizendo de mim para mim: Morrendo aos poucos, morrendo por indolência -- enfermidade que ninguém pode curar a não ser a própria pessoa. Às vezes vejo moços e moças que poderiam ser uma bênção a seus pais se com eles partilhassem os cuidados e fardos da vida. Eles, porém, não sentem nenhuma disposição para fazer isso, pois não é agradável, antes acompanhado de algum cansaço. Eles dedicam muito do seu tempo a diversões inúteis, em prejuízo dos deveres que precisam executar a fim de obterem uma experiência que lhes será de grande valor em suas lutas futuras com as dificuldades da vida real. Vivem para o presente apenas, e negligenciam as qualidades físicas, mentais e morais que os preparariam para as emergências da vida, e lhes dariam confiança e respeito próprios em tempo de tribulação e de perigo. -- The Health Reformer, Janeiro de 1871, p. 132, 133. O Espírito Santo como restaurador MS 108 1 O Dr. E. tem cometido um grande erro no que se refere ao exercício e aos divertimentos, e um erro ainda maior em seu ensinamento atinente à experiência religiosa e ao excitamento religioso. A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde do corpo e da mente. A influência enobrecedora do Espírito de Deus é o melhor restaurador para o doente. O Céu é todo saúde, e quanto mais plenamente são sentidas as influências celestiais, tanto mais certa a recuperação do enfermo crente. ... MS 108 2 Realize o enfermo alguma coisa, em lugar de ocupar a mente com um simples divertimento, que o diminui em sua própria estima e o leva a considerar sua vida inútil. Mantende elevado o poder da vontade, pois a vontade estimulada e corretamente dirigida é um poderoso calmante para os nervos. Os enfermos são mais felizes quando ocupados, e sua recuperação se dá mais facilmente. -- Testimonies for the Church 1:556, 557. A cura da mente santificada MS 108 3 A luz que me foi dada é que se a irmã que mencionais se revestisse de decisão e exercitasse seu gosto pelos alimentos saudáveis, todos esses períodos de depressão desapareceriam. Ela tem dado rédeas à sua imaginação; o inimigo tem tirado vantagens de sua fraqueza física, e sua mente não é incentivada a manter-se firme contra as aflições da vida diária. É da saudável, santificada cura da mente que ela necessita, de um aumento da fé, e do serviço ativo em favor de Cristo. Necessita também do exercício de seus músculos em trabalho prático ao ar livre. O trabalho físico será para ela uma das maiores bênçãos de sua vida. Ela não precisa ser uma doente, mas uma mulher de mente sã e robusta, preparada para desempenhar nobre e corretamente sua parte. MS 108 4 Todo tratamento que se possa dispensar a esta irmã será de pouco proveito, a menos que ela faça a sua parte. Ela precisa fortalecer os músculos e nervos pelo exercício físico. Ela não precisa ser inválida, pois pode fazer bom e zeloso trabalho. Como muitos outros, possui ela imaginação doentia. Pode, porém, vencer e tornar-se uma mulher sadia. Tenho dado esta mensagem a muitos, e com os melhores resultados. Invalidez crônica MS 109 1 Certa ocasião fui chamada para ver uma jovem com quem eu estava bem familiarizada. Ela se achava doente e estava enfraquecendo rapidamente. Sua mãe desejava que eu orasse por ela. A mãe ficou ali chorando e dizendo: "Pobre filha; não viverá por muito tempo." Tomei-lhe o pulso. Orei com ela, e depois me dirigi a ela: "Minha irmã, se você se levantar e se vestir e for para seu trabalho costumeiro no escritório, toda esta invalidez desaparecerá." "Acha a senhora que isto desaparecerá?" perguntou ela. "Certamente", respondi. "Você tem enfraquecido as energias vitais pela invalidez." Voltei-me para a mãe e lhe disse que sua filha teria morrido de imaginação doentia se elas não tivessem sido convencidas de seu erro. Ela se educara a si mesma para a invalidez. Ora, esta escola é muito pobre. Mas eu lhe disse: "Mude esta situação; levante-se e vista-se." Ela foi obediente, e está viva hoje. -- Carta 231, 1905. Indigestão causada pelo temor MS 109 2 O exercício ajudará o trabalho da digestão. Andar após a refeição, conservar a cabeça erguida, pôr os ombros para trás e fazer exercícios moderados, será de grande benefício. A mente será desviada de si mesma para as belezas da Natureza. Quanto menos a atenção se volta para o estômago após uma refeição, tanto melhor. Se estais em constante temor de que vosso alimento vos fará mal, certamente ele o fará. Esquecei-vos a vós mesmos, e pensai em alguma coisa alegre. -- Testimonies for the Church 2:530. Inspirar o desanimado MS 109 3 Falai aos sofredores de um compassivo Salvador. ... Ele olha com compaixão para os que consideram o seu caso sem esperança. Enquanto a alma está cheia de temor e terror, a mente não pode ver a terna compaixão de Cristo. Nossos sanatórios devem ser um instrumento em trazer paz e repouso à mente atribulada. Se puderdes incutir no desanimado fé esperançosa e salvadora, contentamento e alegria tomarão o lugar do desânimo e da agitação. Prodigiosas mudanças podem então ser operadas em sua condição física. Cristo restaurará tanto o corpo como a alma e, ao compreenderem Sua compaixão e amor, eles descansarão nEle. Ele é a brilhante Estrela da manhã, que brilha em meio das trevas morais deste mundo pecador e corrupto. Ele é a Luz do mundo, e todos os que Lhe entregam o coração encontrarão paz, descanso e alegria. -- Carta 115, 1905. Milagres reproduzidos MS 110 1 Satanás é um diligente estudante da Bíblia. Ele sabe que seu tempo é curto, e procura em todos os pontos desfazer a obra do Senhor sobre a Terra. É impossível dar qualquer idéia da experiência do povo de Deus que estará vivo sobre a Terra quando a glória celestial e a repetição das perseguições do passado se juntarem. Eles andarão na luz que procede do trono de Deus. Por meio dos anjos haverá constante comunicação entre o Céu e a Terra. E Satanás, rodeado de anjos maus e dizendo ser Deus, operará milagres de toda espécie, para enganar, se possível, os próprios escolhidos. MS 110 2 O povo de Deus não encontrará sua proteção em operar milagres; pois Satanás reproduzirá os milagres que se realizarem. O povo de Deus provado e testado encontrará sua força no sinal de que se fala em Êxodo 31:12-18. Eles devem firmar-se na Palavra viva: "Está escrito." Este é o único fundamento sobre o qual podem eles permanecer seguros. Os que quebraram o seu concerto com Deus estarão naquele dia sem Deus e sem esperança. -- Testimonies for the Church 9:16. Apoderar-se do eterno MS 110 3 A cura da mente deve estar livre de todo encantamento humano. Ela não deve arrastar-se para a humanidade, mas elevar-se ao alto para o espiritual, apoderando-se do eterno. -- Carta 120, 1901. Milagres simulados de Satanás MS 110 4 Devemos estar precavidos contra as artes enganadoras de Satanás. Ele tomará posse dos corpos humanos, e fará doentes a homens e mulheres. Depois deixará repentinamente de exercer seu poder maligno, e será proclamado que se operou um milagre. Necessitamos agora ter um conhecimento verdadeiro do poder de Jesus Cristo para salvar perfeitamente todos aqueles que vêm a Ele. ... MS 110 5 Os homens e as mulheres não devem estudar a ciência de como cativar a mente dos que com eles se associam. Essa é a ciência que Satanás ensina. Devemos resistir a todas as coisas dessa espécie. Não devemos brincar com o mesmerismo e o hipnotismo -- a ciência daquele que perdeu o seu primeiro estado e foi lançado fora das cortes celestiais. MS 111 1 A ciência de uma vida cristã pura, saudável e coerente é obtida por meio do estudo da Palavra do Senhor. Esta é a mais elevada educação que qualquer ser terreno pode obter. Estas são as lições que se devem ensinar aos alunos de nossas escolas, para que estes possam sair com pensamentos puros e mente e coração limpos, preparados para galgar a escada do progresso e praticar as virtudes cristãs. -- Manuscrito 86, 1905. Esforço de Satanás para confundir as mentes MS 111 2 Por milhares de anos Satanás tem estado a fazer experiências sobre as propriedades da mente humana, e aprendeu a conhecê-la bem. Por meio de operações sutis nestes últimos dias está ele ligando a mente humana com a sua própria, enchendo-a com suas idéias; e ele está fazendo essa obra de maneira tão enganosa que os que aceitam sua orientação não sabem que estão sendo dirigidos por ele à sua vontade. O grande enganador espera dessa forma confundir a mente de homens e mulheres a fim de que nada, a não ser sua voz, seja ouvida. -- Carta 244, 1907. Um perigoso sistema de cura da mente MS 111 3 Estou tão acabrunhada pelo teu caso que preciso continuar a escrever-te, temendo que em tua cegueira não vejas onde necessitas de reforma. Fui instruída com respeito a estares alimentando idéias com as quais Deus te proibiu lidar. Eu as chamaria de uma espécie de cura da mente. Supões que podes usar essa cura mental em tua obra profissional como médico. Em tons de séria advertência foram pronunciadas as palavras: Cuida, cuida onde pões os pés e tua mente é levada. Deus não te indicou esta obra. A teoria de mente controlar mente é originada por Satanás para introduzir a si mesmo como o obreiro por excelência, para pôr a filosofia humana onde a filosofia divina deve estar. MS 111 4 Nem homem nem mulher alguns devem exercer sua vontade para controlar os sentidos ou a razão de outro, de maneira que a mente da pessoa se entregue passivamente à vontade daquele que exerce o controle. Essa ciência pode parecer algo bela, mas é a ciência que em caso algum deves manejar. ... Há alguma coisa melhor a que te dedicar do que o controle da natureza humana sobre a natureza humana. MS 112 1 Ergo o sinal de perigo. A única cura mental segura e verdadeira envolve muito. O médico deve ensinar as pessoas a desviarem o olhar do humano para o divino. Aquele que fez a mente do homem sabe precisamente aquilo de que ela necessita. MS 112 2 Ao aceitares a ciência que começaste a defender, estás dando um ensinamento que não é seguro para ti nem para aqueles a quem ensinas. E perigoso impregnar as mentes com a ciência da cura mental. Um engenhoso engano MS 112 3 Esta ciência pode parecer-te muito valiosa; contudo, para ti, e para outros, é uma astúcia preparada por Satanás. É o encantamento da serpente, que fere para a morte espiritual. Ela envolve muita coisa que parece maravilhosa, mas é estranha à natureza e ao espírito de Cristo. Essa ciência não leva Àquele que é vida e salvação. MS 112 4 As pobres e aflitas almas com as quais és levado em contato necessitam de tua atenção mais do que têm recebido. Tens em teu poder animá-las a olharem para Jesus e, pela contemplação, serem transformadas à Sua imagem. MS 112 5 O verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo guiará tua mente... na direção certa. Comunica a inspiração da verdadeira adoração. E a comunhão da alma com Aquele que lhe é vida. Ao vir em contato com Ele, a mente é atraída para o centro de Sua vida, e inspirada com a essência de Sua santidade. MS 112 6 Sê cuidadoso, meu irmão, ... com respeito à direção para a qual tua fé se está inclinando. Jesus vive para fazer intercessão por ti. Permite que tua mente seja uma com a mente de Cristo. Tendo Sua mente, não te elevarás às alturas que por fim te trarão de volta para as mais baixas profundidades. Não te dediques a coisas que te parecem agora tão atrativas, mas que não conduzem a Cristo. Ascenda tua ambição à mais elevada, pura e verdadeira sociedade com Aquele em quem podes gloriar-te livremente. Então tua religião será uma força para o bem. Não te comunicarás então com aquilo que se provará uma armadilha para a morte. Apelo à perfeição MS 112 7 Nosso Salvador entende tudo acerca da natureza humana, e diz a cada ser humano: "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." Como Deus é perfeito em Sua esfera, assim deve o homem ser perfeito em sua esfera. Os que recebem a Cristo acham-se entre o número daqueles aos quais são pronunciadas as palavras tão cheias de esperança: "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome." Estas palavras nos declaram que não devemos contentar-nos com nada menos do que o melhor e mais elevado caráter, um caráter formado à semelhança divina. Ao se processar um caráter tal, a vida, a fé, a pureza da religião, constituem um exemplo edificante para outros. "A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos." ... MS 113 1 "Receio que assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo." ... MS 113 2 "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus." Experiência pessoal em defrontar a falsa ciência MS 113 3 No início de meu trabalho, tive que contender com a ciência da cura mental. Fui enviada de lugar em lugar para declarar a falsidade dessa ciência, que muitos estavam aceitando. A cura da mente era introduzida de maneira muito inocente -- para aliviar a tensão da mente dos doentes dos nervos. Mas, oh! quão tristes eram os resultados! Deus me enviou de lugar em lugar para repreender tudo que dizia respeito a essa ciência. MS 114 4 Desejo falar-te claramente. Iniciaste uma obra que não tem cabida alguma na obra de um médico cristão, e que nenhum lugar deve encontrar em nossas instituições de saúde. Inocente como possa parecer, se exercida nos pacientes essa cura mental será, no seu desenvolvimento, para destruição deles, não para sua restauração. O terceiro capítulo da Segunda Carta a Timóteo descreve as pessoas que aceitam o erro, tais como uma mente exercer domínio completo sobre outra mente. Deus proíbe semelhante coisa. A cura mental é uma das maiores ciências de Satanás, e é importante que nossos médicos vejam claramente o verdadeiro caráter dessa ciência; pois por meio dela lhes virão grandes tentações. Não se deve permitir que permaneça uma partícula dessa ciência nas dependências de nossos sanatórios. Através da mente Satanás pode controlar o corpo MS 114 1 Deus não deu nenhum raio de luz ou de encorajamento para que nossos médicos se dediquem à obra de uma mente exercer completamente o controle da mente de outro, de maneira que uma cumpra a vontade da outra. Aprendamos os caminhos e propósitos de Deus. Não permitas que o inimigo obtenha a mínima vantagem sobre ti. Não deixes que ele te leve a ousar querer controlar outra mente até que esta se torne uma máquina em tuas mãos. Esta é a ciência de operação de Satanás. Assim opera ele quando instiga os homens a venderem a alma por bebida. Toma posse do corpo, da mente e da alma, e não mais é o homem, mas Satanás que opera. E a crueldade de Satanás exprime-se quando o homem ergue a mão para bater na esposa que ele prometeu amar, proteger enquanto vivesse. As ações do ébrio são uma expressão da violência de Satanás. Um perigo real MS 114 2 Pois bem, meu irmão, acho que estás em real perigo. Apresento isto porque sei que estás em grande risco de ser seduzido por Satanás. Estamos vivendo em um tempo em que todo aspecto de fanatismo força sua passagem entre crentes e descrentes. Satanás forçará entrada, falando mentiras, hipocritamente. Apresentará tudo o que possa inventar, para enganar a homens e mulheres. MS 114 3 Precisamente na proporção em que os homens perdem seu senso de necessidade da religião vital, tornam-se cheios de idéias comuns e terrenas, às quais exaltam como conhecimento maravilhoso. Os médicos que perdem sua firmeza em Cristo, tornam-se cheios de idéias próprias, que consideram como alguma ciência maravilhosa, e que deva ser introduzida na profissão médica como algo novo e estranho. MS 114 4 Fui despertada pela meia-noite para escrever estas coisas. Permite-me dizer-te claramente que estás em um estado mental confuso, e que os esforços que realizas para libertar-te são em vão. Homem algum pode servir a dois senhores. Se procuras servir ao mundo e ao Senhor ao mesmo tempo, o resultado será tornarem-se supremos em tua vida as praxes e os esquemas mundanos. Por quê? Pelo fato de a Palavra de Deus tornar-se incompatível; pois o coração não é entregue ao modelamento e formação do Espírito Santo. A vontade não é entregue a Deus, e dessa forma se revela a inimizade a Deus. Escolhem-se para controlar, os impulsos do coração natural, que servem ao homem natural. ... MS 115 1 Meu irmão, enquanto nutrires tuas próprias suposições quanto à verdade, Deus não poderá iluminar-te. Em tua fase atual de caráter, não és capaz de compreender a melhor conduta a seguir na introdução de princípios que repousam sobre uma base sólida. Tua maior preocupação é: "É minha posição compreendida de maneira adequada? Sou eu chamado como devia ser para resolver os assuntos?" Tuas idéias egoístas jamais devem tornar-se o poder dominante em qualquer sanatório. Deves harmonizar-te com outros homens e mulheres que possuem discernimento. ... MS 115 2 Nossos médicos não devem contentar-se com uma conversão pela metade. Necessitam eles de depositar toda a sua confiança em Cristo. Então as pulsações celestes de um novo coração modificarão a atmosfera que circunda a alma. Certifica-te de que és aceito por Cristo porque confias nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido. Sua justiça deve ser tua justiça. Ele a operou em teu favor, e quando a recebes ficas justificado na presença de Deus. -- Carta 121, 1901. Guiar a mente para Cristo MS 115 3 Cristo, o Poderoso Restaurador, deve ser exaltado -- e não qualquer médico humano. Médicos, Jesus ouvirá vossas orações. Enfermeiras, se mantiverdes viva comunhão com Deus, podeis com confiança apresentar os doentes perante Ele. Ele confortará e abençoará os sofredores, trabalhando e amoldando a mente, inspirando-a com fé, esperança e ânimo. A vida em Cristo, em Sua graça, é o único poder capaz de com segurança ser levado a impressionar a mente humana. Todas as outras influências devem ser removidas. MS 115 4 Não se deve permitir que nenhum indivíduo assuma o controle da mente de outra pessoa, pensando que, em assim fazendo, está contribuindo para que ela receba grande benefício. A cura mental é um dos enganos mais perigosos que podem ser exercidos em qualquer indivíduo. Poderá ser sentido alívio temporário, mas a mente da pessoa assim controlada jamais será tão forte e segura. Podemos ser tão fracos como o era a mulher que tocou a orla do manto de Cristo; contudo, se usarmos a oportunidade que Deus nos dá de ir a Ele com fé, Ele responderá tão prontamente como fez àquele toque da fé. MS 116 1 Não é desígnio de Deus que qualquer ser humano entregue sua mente a outro ser humano. O Cristo ressurgido, que está agora sentado no trono à direita do Pai, é o Poderoso Restaurador. Suplicai-Lhe o poder restaurador. Somente por meio dEle podem os pecadores ir a Deus como estão. Jamais podem eles ir por meio de qualquer mente humana. O instrumento humano jamais deve interpor-se entre os instrumentos celestiais e os que estão sofrendo. MS 116 2 Todos devem estar em posição de cooperar com Deus dirigindo a mente de outros para Ele. Falai-lhes da graça e do poder dAquele que é o maior Médico que o mundo já conheceu. Ele veio ao mundo restaurar no homem a imagem de Deus. Ao ver que Satanás estava exercendo uma influência controladora sobre a mente de homens e mulheres a fim de promover seus intentos malignos, Cristo veio combater os poderes das trevas, interromper o controle que Satanás havia obtido sobre as mentes humanas. Tornai o Salvador o centro das atrações. MS 116 3 Um pastor disse certa vez que mal podia imaginar que Cristo houvesse conhecido alguma coisa sobre ciência. De que podia estar pensando esse pastor? Ciência! Cristo poderia ter aberto uma porta após outra da Ciência. Poderia ter revelado aos homens tesouros da ciência nos quais eles podiam ter-se banqueteado até o tempo presente. Mas sabedor de que estes conhecimentos teriam sido utilizados para fins não santificados, Ele não abriu a porta. Ciência perigosa MS 116 4 Não pedimos que vos coloqueis sob o controle de qualquer mente humana. A cura mental é a ciência mais terrível que já foi defendida. Cada ser maldoso pode utilizá-la para levar a cabo seus próprios intentos. Não temos nada que ver com tal ciência. Devemos ter medo dela. Jamais devem os mais rudimentares princípios dela ser introduzidos em qualquer instituição. MS 117 1 Cristo nada pode fazer em favor dos que estão jungidos com o inimigo. Seu convite a nós é: "Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Quando, em nossa experiência diária, aprendemos de Sua mansidão e humildade, encontramos repouso. Não há, pois, nenhuma necessidade de buscarmos alguma ciência misteriosa para acalmar os enfermos. Já possuímos a ciência que lhes proporciona o verdadeiro repouso -- a ciência da salvação, a ciência da restauração, de uma fé viva em um Salvador vivo. -- Manuscrito 105, 1901. ------------------------Capítulo 7 -- Honorários e salários Honorários exorbitantes MS 119 1 As tradições e os costumes tornaram-se tão interligados com a crença da profissão médica que os médicos necessitam ser ensinados nos princípios rudimentares do caminho do Senhor. O médico ministra ao corpo curando, embora toda a obra pertença ao Senhor. Ele precisa cooperar com os médicos, sem o que não pode haver sucesso. MS 119 2 Por favor, lede cuidadosamente o capítulo 15 de Êxodo. O Senhor deu a Moisés uma mensagem de encorajamento em favor dos filhos de Israel. Eles não mereciam o bem que Ele havia feito e lhes estava fazendo; contudo, Ele fez com eles um concerto de misericórdia, dizendo: "Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos Seus olhos, e deres ouvido aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois Eu sou o Senhor que te sara." Lede também os capítulos sete, oito e vinte e oito de Deuteronômio. Lição de Deus para Israel MS 119 3 O Senhor tinha uma lição para ensinar aos filhos de Israel. As águas de Mara foram a lição, representando as enfermidades trazidas sobre os seres humanos por causa do pecado. Não é nenhum mistério que os habitantes da Terra estejam sofrendo de enfermidades de toda espécie e tipo. É pelo fato de transgredirem a lei de Deus. Assim faziam os filhos de Israel. Eles derribaram as barreiras que em Sua providência havia Deus erigido para preservá-los das doenças, para que pudessem viver com saúde e em santidade, e dessa forma aprendessem obediência em seu jornadear através do deserto. Eles andavam sob a especial direção de Cristo, que Se dera a Si mesmo como sacrifício para preservar um povo que devia conservar sempre a Deus na lembrança, apesar das magistrais tentações de Satanás. Envolvido na coluna de nuvem, era desejo de Cristo manter sob Suas protetoras asas todos os que desejassem fazer Sua vontade. MS 120 1 Não foi por acaso que em sua jornada os filhos de Israel vieram a Mara. Antes que eles deixassem o Egito o Senhor começou Suas lições de orientação, a fim de que pudesse levá-los a compreender que Ele era o seu Deus, seu Libertador, seu Protetor. Eles murmuraram contra Moisés e contra Deus, mas o Senhor ainda procurou mostrar-lhes que aliviaria todas as suas perplexidades se eles se voltassem para Ele. Os males que enfrentaram e pelos quais passaram foram parte do grande plano de Deus, pelo qual Ele queria prová-los. MS 120 2 "Afinal chegaram a Mara; ... e o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? Então Moisés clamou ao Senhor, e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali os provou, e disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos Seus olhos e deres ouvido aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois Eu sou o Senhor que te sara." Embora invisível a olhos humanos, Deus era o líder dos israelitas, seu poderoso Restaurador. Foi Ele quem pôs no lenho as propriedades que tornaram doces as águas. Dessa maneira desejava Ele mostrar-lhes que pelo Seu poder era capaz de curar os males do coração humano. No lugar de Cristo MS 120 3 Cristo é o Grande Médico, não apenas do corpo, mas da alma. Ele restaura o homem a seu Deus. Deus permitiu que Seu Filho unigênito fosse ferido, a fim de que as propriedades curativas pudessem fluir dEle para curar todas as nossas enfermidades. Os médicos devem agir no lugar de Cristo. Todo médico que firmou seus pés sobre a Rocha dos Séculos retira do Grande Médico seu poder restaurador. Os planos de Cristo devem ser levados avante de maneira mais definida pelo médico cristão. MS 120 4 Quando Cristo estava para deixar Seus discípulos, aqueles que deveriam representá-Lo no mundo, deu-lhes um novo mandamento. "Novo mandamento vos dou", disse Ele: "que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros." Esse amor eles não conheceram enquanto não viram o sofrimento e a morte de Jesus Cristo na cruz do Calvário. O novo mandamento de amor foi dado em benefício dos fracos, dos desafortunados, dos destituídos. MS 121 1 Para o coração de Cristo a própria presença do infortúnio era um apelo em prol de auxílio. Os pobres, os sofredores, os desolados, desamparados, os desanimados, os desapontados encontravam nEle um compassivo Salvador, um Poderoso Restaurador. "Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo." Cristo identifica Seus interesses com os da humanidade sofredora, e diz-nos que tudo que fizermos para aliviar um sofredor, nós o fazemos a Ele. ... MS 121 2 Há grandes lições a serem aprendidas por todos os que servem em favor de Cristo. O sinal do sábado deve ser colocado sobre o povo de Deus, que guarda os mandamentos. Caso seja guardado no espírito de verdadeira obediência, o sábado mostrará que todos os mandamentos de Deus devem ser praticados, "para que saibais que Eu sou o Senhor que vos santifica". A fonte da capacidade do médico MS 121 3 O Senhor mantém os olhos sobre todo ser humano, e tem Seus planos concernentes a cada um. Ele deseja que Seu povo que guarda os mandamentos seja um povo distinto, que pratique os santos preceitos especificados em Sua Palavra. Deseja que os membros da profissão médica afastem de sua prática tudo que foi introduzido pelo egoísmo, avareza e injustiça. Ele deu sabedoria e capacidade aos médicos, e deseja que nada que cheire a roubo e injustiça seja praticado por aqueles que fazem da lei de Jeová sua regra de vida. Pela operação de Seus próprios agentes criou Ele o material que restaurará a saúde ao doente. Usassem os homens corretamente a sabedoria que Deus lhes deu, esse mundo seria um lugar semelhante ao Céu. ... MS 121 4 Todos nós necessitamos de muito mais elevada, pura e santa confiança em Deus. Todo médico deve ser verdadeiro e honesto. Em hipótese alguma deve ele defraudar seus pacientes. Se realiza uma operação simples, deve cobrar um preço módico. Os preços estabelecidos por outros profissionais não devem servir-lhe de critério. Os corpos enfermos sobre os quais ele opera são propriedade de Deus. Ele disse: "Acaso não sabeis... que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." MS 122 1 Os preços exorbitantes cobrados pelos médicos neste país [Austrália] quando chamados para atender a humanidade sofredora, é um roubo, uma fraude. Deus deu aos médicos sua sabedoria e habilidade. Não é o homem que salva a vida; é o Grande Restaurador. Contudo, cobra-se às vezes de homens pobres serviços que jamais receberam. ... Apelo a julgamento justo MS 122 2 Deus busca médicos que façam reformas nos métodos de tratar os doentes. Ele procura médicos que cooperem com Ele. Ele apela em favor de julgamento justo entre os profissionais médicos, os quais estão agindo em Seu lugar. O médico que ama ao seu irmão como a si mesmo não cobrará preços exorbitantes. Deve-se efetuar uma mudança. É tão necessário que haja reforma nos ramos da medicina como em outros ramos de negócios. Há graves excessos na cobrança efetuada pelos advogados e médicos. O Senhor vê todas estas coisas. Nenhuma tradição, costume ou prática condenados por Deus devem ser seguidos pelo médico crente. Ele é servo de Deus, trabalhando em lugar de Cristo, como Seu representante, e sua obra, seus pesos e medidas, passam em revista diante de Deus. Os mandamentos de Deus devem ser a norma do médico. Ele deve medir sua vida diária pelos princípios da lei. A purificação do templo MS 122 3 Cristo reprovou os fariseus e doutores da lei por causa das práticas desonestas que haviam introduzido nos átrios do templo. Aqueles homens influenciavam os compradores e vendedores para comprarem o gado pelo preço mais baixo, e depois o vendiam por preço elevado aos que vinham de longe, que não podiam trazer suas ofertas consigo e eram por isso forçados a comprá-las em Jerusalém. Ao se assentarem aqueles homens à mesa, contando o dinheiro que haviam adquirido por roubo e extorsão, Cristo Se ergueu diante deles. Seus olhos chamejaram de indignação ao ver Ele as fraudulentas transações que eram realizadas. Apanhando um feixe de cordéis que haviam sido usados para tanger o gado para o templo, expulsou os que vendiam e compravam, e virou as mesas dos cambiadores e as bancas dos que vendiam pombas, dizendo: "Está escrito: A Minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores." MS 123 1 Em seguida o Restaurador exerceu Sua obra médico-missionária. "Vieram a Ele no templo cegos e coxos, e Ele os curou." MS 123 2 Os mercados, os armazéns, necessitam de purificação. As cortes de justiça, os escritórios de advocacia, a classe médica, necessitam de purificação. Diremos que a obra médico-missionária necessita de purificação? Cristo, que veio ao nosso mundo para revelar o coração de terna compaixão do Pai, mostrou-nos os métodos que os guardadores do sábado devem seguir em sua obra. Estes são claramente especificados no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Deus não será um sócio para qualquer transação desonesta. Na alma que guarda o sábado é estampada a marca do governo de Deus, e não deve desonrar esse sinal. Mediante exame minucioso da Palavra de Deus, podemos saber se temos o selo do Rei, se fomos escolhidos e separados para honrar a Deus. Por bondade, lede Deuteronômio 6:4-9 e Ezequiel 20:12-20. ... MS 123 3 Nunca, jamais, permitirá Deus que qualquer homem que não leve o sinete da fidelidade -- a marca do Seu governo -- transponha os portais de pérola da Cidade de Deus. Toda alma salva, nutrirá princípios puros, que procedem da própria essência da verdade. Cumpre-lhe ligar-se a si mesma por elos de ouro ao eterno poder e amor do Deus da verdade. Deve ser leal aos princípios da Palavra de Deus, leal ao eterno concerto que é um sinal entre o homem e seu Criador. Uma consciência ditada por Deus MS 123 4 Justiça, nobre e elevada, deve controlar a conduta. Energia mental, cultura, poder de influência, não darão ao homem seus títulos de seguro de vida eterna. Deus pesa as ações. Cada qual deve formar um caráter individual à semelhança do caráter de Cristo. Deve ter a consciência orientada por Deus. Deve ver atrás de cada promessa o Todo-poderoso, com quem lhe cumpre trabalhar como instrumento para fazer Sua vontade. Caso não assuma o homem esta posição, naufragará na fé. Jamais garantirá Deus a vida eterna ao homem cuja âncora não está solidamente firmada à inalterável lei do Céu. Ele deve revelar o Cristo que nele opera, em seus preceitos doutrinários, em sua obediência prática. MS 124 1 A alma que comunga com Deus por meio das Escrituras, que ora pedindo iluminação e abre a porta do coração ao Salvador, não terá más cogitações, desígnios mundanos ou desejos ambiciosos de honra ou distinção em qualquer setor. Aquele que procura a verdade como a tesouro escondido, encontrá-la-á no meio de comunicação de Deus com o homem, Sua Palavra. Disse Davi: "A revelação das Tuas palavras esclarece, e dá entendimento aos simples." Isto não se refere aos que são fracos no intelecto, mas aos que, seja qual for sua posição, têm um verdadeiro senso de sua necessidade de comungar com Deus como o fazia Enoque. A Palavra de Deus enobrecerá a mente e santificará o instrumento humano, habilitando-o para tornar-se um cooperador com os instrumentos divinos. A elevada norma da santa lei de Deus significará muitíssimo para ele, como norma de toda sua vida prática. Significará santidade, que é a integridade para com Deus. Quando o instrumento humano avança no caminho preparado para os resgatados do Senhor nele andarem, quando ele recebe a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, alimentar-se-á do pão da vida. A Palavra é espírito e vida, e, se for introduzida na prática diária, enobrecerá toda a natureza do homem. Abrir-se-á para sua alma uma visão tal do amor do Salvador, como descrita pela pena da Inspiração, que sua alma se desfará em ternura e contrição. MS 124 2 Devemos ver e entender a instrução que nos foi dada pelo grande apóstolo: "Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento", em percepção, em semelhança ao caráter de Cristo. O desenvolvimento do caráter, o crescimento em conhecimento e sabedoria, será o resultado certo de alimentar-se da Palavra. Que faria Jesus? MS 124 3 Apresentamos a todos os nossos obreiros, nossos pastores e médicos, a necessidade de cuidadosa consideração em todo o seu trabalho, perfeita e inteira obediência aos preceitos da Palavra de Deus. Inquiri cuidadosamente a cada passo: Como agiria meu Salvador nesse ramo da obra? Que impressão deixarei sobre as pessoas? Devo pôr-me ao jugo com Cristo na obra como restaurador da saúde do corpo, mente, coração e alma. Quão cuidadoso deve ser cada médico em representar o Mestre!... MS 125 1 É tempo de o povo de Deus, os que levam o selo do Seu reino, e cuja autoridade deriva do "Está escrito", trabalhar. O mundo é o nosso campo de ação, e devemos esforçar-nos para dar ao mundo a última mensagem de misericórdia. Todos os nossos atos estão sendo vigiados por olhos atentos. Estai em guarda como médicos. Podeis servir ao Senhor em vossa posição trabalhando com novos métodos e rejeitando as drogas. MS 125 2 Como reformadores, devemos reformar a prática da medicina educando no sentido da luz. Nossa obra deve ser efetuada na plena aprovação de Deus. Cumpre-nos praticar princípios estritos de misericórdia e de justiça. Nossa obra não deve ser como uma peça de vestuário costurada com alinhavos. Devemos imitar a perfeição de Deus. "Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." Devemos tornar o fundamento de cada edifício completo e sólido, como para a eternidade. -- Manuscrito 63, 1899. Representar princípios retos MS 125 3 A honestidade, a integridade, a justiça, a misericórdia, o amor, a compaixão e a simpatia estão incluídos na obra médico-missionária. Em toda esta obra se deve praticar a religião da Bíblia. O Senhor não deseja que trabalhe como Seu representante ninguém que siga os costumes e práticas errôneos dos médicos mundanos ao tratarem da humanidade sofredora. Nossos médicos necessitam reformar-se no assunto de efetuarem cobranças elevadas pelas operações complicadas. E a reforma deve ir além disso. Cobra-se às vezes uma soma exorbitante mesmo por pequenos serviços, por se presumir que os médicos devam ser governados em seus honorários pelas práticas de médicos mundanos. Alguns seguem os costumes do mundo a fim de reunir meios, como eles dizem, para o serviço de Deus. Deus, porém, não aceita semelhantes ofertas. Ele diz: "Odeio a iniqüidade do roubo." Isaías 61:8. Aos que tratam injustamente com os seus semelhantes, ao mesmo tempo que professam crer em Minha Palavra, Eu julgarei por assim Me representarem mal. MS 125 4 Ao serem-me apresentadas estas coisas, meu Instrutor disse: "As instituições que confiam em Deus e recebem Sua cooperação sempre devem trabalhar de acordo com os princípios de Sua lei. Cobrar uma grande soma por uns poucos minutos de trabalho, não é justo. Os médicos que se acham sob a disciplina do maior Médico que o mundo já conheceu, devem permitir que os princípios do evangelho regulem todos os honorários. Sejam a misericórdia e o amor de Deus escritos em cada cruzado recebido." MS 126 1 Quando nossos sanatórios forem dirigidos como devem ser, far-se-á uma grande obra médico-missionária. Cada qual fará sua obra de tal maneira e com espírito tal que resplandecerá como uma luz no mundo. MS 126 2 Deus apela em favor de obra prática semelhante à de Cristo. Os pacientes que se dirigem aos nossos hospitais devem ver praticados os princípios estabelecidos no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Os que aceitaram a verdade devem praticá-la porque ela é a verdade. Na obra de Deus em nossas instituições, a verdade deve ser preservada em todas as suas sagradas influências. Devem-se manter os princípios religiosos MS 126 3 Em todos os lugares deve o médico profissional manter seus princípios religiosos puros e incontaminados. A verdade deve ser suprema em sua prática. Ele deve usar sua influência como um meio de purificar a alma mediante os salutares raios do Sol da Justiça. Se vier um tempo em que os médicos não possam fazer isso, o Senhor não quererá mais nenhuma instituição médica estabelecida entre os adventistas do sétimo dia. Os preços elevados são correntes no mundo; devem, porém, ser introduzidos em nossa obra princípios corretos. Deve-se manter a norma bíblica. O método do Senhor -- a justiça, a misericórdia e a verdade -- deve ser seguido. Não se deve apresentar nenhuma cobrança exorbitante por operações simples. As contas devem ser proporcionais ao trabalho efetuado. MS 126 4 O trabalho feito em nossas instituições médicas deve corresponder ao nome: "Obra Médico-Missionária." Não desejamos que o Senhor nos julgue mal por representarmos de maneira imprópria a obra de Cristo. Deus não nos deu permissão para fazer uma obra que não resista à investigação do juízo. Ele não deseja que qualquer instituição estabelecida por Seu povo goze de reputação semelhante à desfrutada por Ananias e Safira. Desejosos de obter reputação pela renúncia, liberalidade e devoção à fé cristã, Ananias e Safira venderam sua propriedade e depositaram parte das rendas aos pés dos apóstolos, alegando terem dado tudo. Não haviam sido solicitados a dar tudo o que tinham para a causa. Deus teria aceito parte. Eles, porém, desejavam que se pensasse que haviam dado tudo. Dessa forma pensavam obter a reputação que cobiçavam, e ao mesmo tempo conservar parte do seu dinheiro. Pensavam que haviam sido bem-sucedidos em seu plano; estavam, porém, enganando ao Senhor, e Ele tratou sumariamente com este primeiro caso de engano e falsidade na recém-formada igreja. Ele os matou a ambos, como uma advertência a todos do perigo de sacrificar a verdade para conquistar o favor. MS 127 1 Não devemos representar mal aquilo em que professamos crer a fim de obter favor. Deus despreza a má representação e a prevaricação. Ele não tolera o homem que diz, e não faz. O melhor e mais nobre trabalho é feito pela conduta justa e honesta. -- Manuscrito 169, 1899. O plano percentual uma armadilha MS 127 2 O Senhor me mostrou que cometeste um claro erro ao receberes, juntamente com teu salário regular, todo o dinheiro ganho por teu atendimento de olhos, ouvidos e garganta. Isso foi uma armadilha para ti. Exerceu uma influência enganosa sobre ti. Teu grande desejo de ostentação levou-te à extravagância. ... O dever de ser santos e incorruptíveis MS 127 3 Somente aquilo que é puro, agradável e de boa fama te é seguro seguir. Os seres humanos estão sob a mais sagrada obrigação para com Deus de serem santos e incorruptíveis; pois foram comprados por um preço, o próprio sangue precioso do Filho de Deus. Por seus votos batismais comprometeram-se eles solenemente a nada fazer que traga má fama sobre o nome de cristão. Diante do Pai, do Filho e do Espírito Santo, o professo cristão se compromete a desaprovar o orgulho, a cobiça, a incredulidade. E ao procurar o verdadeiro cristão satisfazer esse compromisso, aumenta sua desconfiança de si mesmo. Torna-se constantemente mais confiante em Deus. Sua reverência e amor ao Salvador aumentam continuamente, e ele é uma testemunha viva de seu Mestre. Compreende o que significa ser filho de Deus. Tem um senso de compreensão de que o sangue purificador de Cristo lhe assegura perdão e elevação de caráter. Cresce em espiritualidade como o altaneiro cedro. Diariamente mantém comunhão com Deus, e tem um depósito de conhecimento do qual tirar. É poderoso no conhecimento das Escrituras. Sua associação é com o Pai e com o Filho, e conhece cada vez mais a vontade divina. Está tomado de um sempre crescente amor a Deus e aos seus semelhantes. -- Carta 46, 1901. Cuidado com os gastos MS 128 1 Se os médicos acham que não recebem salário suficiente, devem-se examinar suas circunstâncias. Caso seu trabalho seja pesado demais, outros devem ser admitidos para dividir suas responsabilidades, e se lhes deve dar menos trabalho. Estamos empenhados em uma obra importante, e cumpre que tenhamos grande cuidado no emprego dos meios. Há um mundo que deve receber a luz. Almas não advertidas estão perecendo. Se elevados salários são pagos aos que deviam estar satisfeitos, resultará isso em impedir a entrada de outros obreiros cujos serviços são necessários, mas que, em virtude da falta de meios, não podem ser empregados. -- Manuscrito 59, 1912. O princípio da esperteza uma desonra a Deus MS 128 2 Haverá quem vos sugira que, a fim de ser bem-sucedido em vossa profissão, deveis ser esperto; que precisais, às vezes, desviar-vos da estrita retidão. Estas tentações encontram fácil acolhimento no coração do homem; digo, porém, o que sei. Não vos deixeis enganar ou iludir. Não acaricieis o próprio eu. Não abrais uma porta pela qual o inimigo entre e tome posse da alma. Há perigo no primeiro, e no mais leve desvio da estrita retidão. Sede leais a vós mesmos. Preservai, no temor de Deus, a dignidade que Ele vos deu. Há grande necessidade de que todo obreiro médico se apodere do braço do Infinito Poder, a ele se conservando apegado. MS 128 3 O princípio da esperteza é daqueles que levarão, com certeza, a dificuldades. Aquele que considera o favor dos homens mais desejável que o de Deus, cairá na tentação de sacrificar o princípio pelo ganho e consideração do mundo. Assim se sacrifica de contínuo a fidelidade a Deus. A verdade, a verdade de Deus, deve ser nutrida na alma e mantida na força do Céu, do contrário o poder de Satanás vo-la arrebatará. Não abrigueis nunca o pensamento de que um médico sincero, verdadeiro, não possa ser bem-sucedido. Tal sentimento desonra ao Deus de verdade e justiça. Ele pode ter êxito; pois tem de seu lado a Deus e o Céu. Que todo suborno para dissimular seja inflexivelmente repelido. Mantende a integridade no poder da graça de Cristo, e Ele cumprirá para convosco Sua palavra. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 485, 486. Promessas aos obreiros abnegados MS 129 1 Trabalhem todos segundo os princípios de renúncia. Trabalhai enquanto é dia; pois a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Quando o povo de Deus trabalha zelosa, humilde e abnegadamente, alcança a rica recompensa de que fala Jó: "Ouvindo-me algum ouvido, esse me chamava feliz. ... A bênção do que estava a perecer vinha sobre mim, e eu fazia rejubilar-se o coração da viúva". Cristo será reconhecido como o Criador e Redentor. Os que colaboram com Deus serão compreendidos e apreciados. O reconhecimento dos servos fiéis de Deus não diminui um jota da gratidão e louvor que oferecemos a Deus e ao Cordeiro. MS 129 2 Quando os redimidos se puserem ao redor do trono de Deus, os que tiverem sido salvos do pecado e da degradação irão aos que trabalharam em seu favor com as palavras de boas-vindas: "Eu estava no mundo sem Deus e sem esperança. Estava perecendo na corrupção e no pecado. Estava faminto por alimento físico e espiritual. Viestes a mim com amor e compaixão, e me alimentastes e vestistes. Indicastes-me o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." -- Carta 74, 1901. Preparo para a eternidade MS 129 3 Fazei o preparo de vossa vida para a eternidade. Não tendes um momento a perder. Guardais os mandamentos de Deus? Temeis ofendê-Lo? Sentis vossa dependência de Cristo? Compreendeis que deveis ser guardados cada momento pelo Seu poder? Enche-se vossa vida cada dia de submissão, alegria e gratidão? MS 129 4 Os obreiros médico-missionários são reconhecidos por Cristo, não por causa do nome que levam, senão pelo fato de estarem sob a proteção do Missionário por excelência, que deixou o Céu para dar Sua vida pela vida do mundo. Diz Ele: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos. ... Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele." MS 130 1 Como testemunhas de Deus, pois, dai prova de que estais sob a disciplina e preparo do grande Médico-Missionário; que vos colocastes em Suas mãos, para manifestar Seu Espírito, mostrar ao mundo o caráter sagrado de Sua grande obra e revelar aos descrentes as vantagens de estar sob Sua proteção. MS 130 2 Um missionário médico não é de valor para a causa de Deus a menos que todos os princípios envolvidos no nome que ele leva sejam exercidos em sua vida. O evangelho de Cristo deve ser introduzido na vida diária. Devemos tornar nossa vida neste mundo um exemplo, tanto quanto possamos, daquilo que será a vida no Céu. Isto espera Cristo de todos os que se dizem missionários médicos. Não devem eles acariciar nenhum princípio que contenha uma mácula de egoísmo. Devem permanecer diante do mundo como seguidores de Cristo, participantes de Seu desprendimento e humilhação e proclamando Sua vinda. -- Carta 63, 1903. Advertência a um médico jovem MS 130 3 O Senhor deu-te o teu trabalho. Espera Ele que cada semana te entrevistes contigo mesmo, para saber como estás negociando os bens de teu Senhor. Estás pondo a juro tuas energias mentais, morais e físicas no esforço de agradar ao Senhor, que deseja que acumules talentos por meio do correto uso daquilo que Ele te confiou? O fato de seres médico, de modo algum te isenta da necessidade de praticar a economia. Há novos campos a serem penetrados, e penetrá-los requer a mais estrita economia. Entrarás nestes campos, como tens feito em _____, satisfeito por levar outros a praticarem a abnegação e exaltarem a cruz, enquanto condescendes com teus caprichos, gastando dinheiro prodigamente para ostentação? Deus quer que realizes o bem com cada jota de tua influência. Então se verão os mais benéficos resultados. MS 130 4 Necessitas aprender a arte de usar teus talentos para glória dAquele que tos emprestou. Isto requer estudo, oração e consagração. Alguns parecem não ter nenhuma idéia da ciência de manejar dinheiro. Permitem que centenas de cruzados passem por suas mãos sem produzirem nada para Deus. ... Cultivai a integridade, a abnegação e a humildade MS 131 1 Deus apela a que te corrijas. Sê homem. Deixa de ser extravagante. Não se deve condescender com idéias extravagantes em nome da obra médico-missionária. É alto tempo para que nos tornemos cristãos de coração. Integridade, abnegação e humildade devem caracterizar nossa vida. ... MS 131 2 Há uma grande obra a ser feita. Estás fazendo tudo o que podes para auxiliar? Deus nos deu uma missão que os anjos poderiam invejar. A obra médico-missionária deve ser feita. Milhares e milhares de seres humanos estão perecendo. A compaixão de Deus está tocada. Todo o Céu está olhando com intenso interesse para ver que impressão a obra médico-missionária causará sob a supervisão de seres humanos. Farão os homens comércio com o plano originado por Deus para atingir as partes escuras da Terra com a manifestação de Sua beneficência? MS 131 3 A obra médico-missionária é uma coisa sagrada imaginada pelo próprio Deus. Um elevado preço foi pago após a transgressão de Adão, para resgatar a raça caída. Os que cooperarem com Deus em Seu esforço para salvar, trabalhando nos moldes em que Cristo trabalhou, serão inteiramente bem-sucedidos. A igreja é incumbida de transmitir ao mundo, sem demora, a graça salvadora de Deus. Não devemos ocultar a misericórdia com o egoísmo e depois denominá-lo obra médico-missionária. A igreja um anjo de luz MS 131 4 Não temos nenhum tempo a perder. Deus proveu um meio de recuperação para os pecadores. Por meio de trabalho abnegado Sua verdade deve ser representada. Este é o encargo que Ele nos confiou, e deve ser executado fielmente. MS 131 5 Quando realizará a igreja o trabalho a ela indicado? Ela é representada como um anjo de luz, voando pelo meio do céu, tendo o evangelho eterno para proclamar ao mundo. Isso indica a rapidez e a maneira direta com que a igreja deve realizar sua obra. Na obra médico-missionária Jesus deve ver o trabalho de Sua alma. Os seres humanos devem ser arrebatados como tições tirados do fogo. O céu está vigiando MS 131 6 Veio, porém, uma mudança que tem impedido a obra que Deus desejava levar avante sem um traço de egoísmo. Todo o Céu está vigiando com intensa ansiedade para ver qual será o resultado da obra que é tão grande e tão importante. Deus está vigiando, o Universo celeste o está; e as almas estão perecendo. Deve o empreendimento de misericórdia por meio do qual manifestou Deus Sua graça no passado, resgatando e restaurando, tornar-se um assunto de comércio egoísta? Perder-se-á o instrumento ordenado pelo Céu para beneficiar o homem e dar glória a Deus, mediante gastos descontrolados? Será o instrumento de bênção de Deus usado pelos que professam crer na verdade em comprar, vender e obter vantagens? MS 132 1 Repetir-se-á em nós a experiência dos dias dos apóstolos se os homens forem movidos pelo Espírito Santo. O Senhor retirará Suas bênçãos de onde se condescende com interesses egoístas; colocará, porém, o Seu povo na posse do bem em todo o mundo, se eles usarem isto para elevação da humanidade. Sua obra deve ser um sinal de Sua benevolência, um sinal que conquistará a confiança do mundo e produzirá meios para o avanço de Seu reino. Um exemplo contagioso MS 132 2 Deus provará a sinceridade dos homens. Os que renunciarem a si mesmos, tomarem a cruz e seguirem a Cristo terão uma obra contínua a fazer no setor da restauração da raça humana caída. Os que se sacrificam em favor da verdade causam uma grande impressão sobre o mundo. Seu exemplo é contagioso e convincente. Os homens vêem que há na igreja aquela fé que opera por amor e purifica a alma. Quando, porém, os que professam ser obreiros de Deus procuram beneficiar-se a si mesmos, retardam grandemente a obra e lançam descrédito sobre ela. ... A autoridade divina deve ser reconhecida MS 132 3 Nunca abandones a norma verdadeira, mesmo que para apegar-te a ela te tornes um mendigo. Deus estabeleceu uma elevada norma de justiça. Ele fez clara distinção entre a sabedoria humana e a divina. Todos os que trabalham ao lado de Cristo devem trabalhar para salvar, não para destruir. O método mundano não deve tornar-se o método dos servos de Deus. Deve-se reconhecer a autoridade divina. A igreja na Terra deve ser representante dos princípios celestiais. Em meio da terrível confederação da injustiça, do engano, do roubo e do crime deve ela brilhar com a luz do alto. Na justiça de Cristo, cumpre que ela permaneça firme contra a apostasia prevalecente. -- Carta 38, 1901. Como servos de Cristo MS 133 1 Seja qual for a obra que fizermos, devemos fazê-la para Cristo. Há muitas espécies de trabalho temporal a serem feitas para Deus. Um descrente faria esse trabalho maquinalmente, pelo salário que recebe. Ele não conhece a alegria de cooperar com o Obreiro-Mestre. Não há nenhuma espiritualidade no trabalho daquele que serve a si mesmo. Os motivos comuns, as comuns aspirações, as inspirações triviais, o desejo de ser considerado inteligente pelos homens, imperam em sua vida. Tais pessoas podem receber o louvor dos homens; não, porém, de Deus. Os que se acham verdadeiramente unidos a Cristo não trabalham pelo salário que recebem. Os que cooperam com Deus não procuram exaltar-se a si mesmos. MS 133 2 No último grande dia se tomarão decisões que serão uma surpresa para muitos. O juízo humano não terá lugar algum nas decisões tomadas então. Cristo pode julgar e julgará todos os casos; pois todo o juízo Lhe foi entregue pelo Pai. Ele avaliará o serviço por aquilo que é invisível aos homens. As coisas mais secretas jazem descobertas aos olhos dAquele que tudo vê. Quando o Juiz de todos os homens fizer Sua investigação, muitos daqueles aos quais a estima dos homens colocou em primeiro lugar serão colocados em último, e os que haviam sido postos pelos homens no lugar mais humilde, serão tirados das fileiras e feitos primeiros. -- The Review and Herald, 31 de Julho de 1900. Perguntas perscrutadoras MS 133 3 Pergunto aos que vivem na vaidade da condescendência-própria: Continuareis a agir como se nenhuma responsabilidade de praticar a abnegação repousasse sobre vós? Para que propósito estais vivendo? Que bem estais realizando? Podeis dar-vos ao luxo de viver para vós mesmos? Podeis conquistar a vida eterna enquanto viverdes assim? Não tem Deus um lugar e uma obra para vós? Não existe outra coisa para fazerdes a não ser tão-somente agradar e glorificar o eu? -- Carta 4a, 1902. Duas classes de servos MS 133 4 De um sermão, Grimsby, Inglaterra, 19 de Setembro de 1886. Nos últimos dias haverá apenas dois grupos, um à direita e outro à esquerda, e Cristo diz a um: "Vinde, benditos de Meu Pai! entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e Me destes de comer; tive sede e Me destes de beber; era forasteiro e Me hospedastes; estava nu e Me vestistes; enfermo e Me visitastes." E eles respondem: "Quando Te vimos assim e Te servimos? E Cristo diz: "Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Aos que estiverem à esquerda, porém, dirá Ele: "Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos." MS 134 1 A primeira classe tinha a Cristo entretecido em seu caráter, e não tinha consciência de nada que havia feito. "Vinde, benditos de Meu Pai!" é a bênção, "entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Vemos assim que Cristo identifica Seus interesses com os do homem caído. Ele Se volta para os que se acham à esquerda e diz: "Tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era forasteiro e não Me hospedastes; estava nu e não Me vestistes; e enfermo e não Me visitastes." E quando eles Lhe perguntam: "Quando foi que Te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso, e não Te assistimos?" vem a resposta: "Em verdade vos afirmo que sempre que deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a Mim o deixastes de fazer." Não ao maior, mas ao menor. MS 134 2 Bem, agora desejamos trazer a Cristo para a nossa vida diária. Os que não haviam alimentado o faminto, vestido o nu, ou visitado o enfermo, não estavam apercebidos disto; e por que não? Porque se haviam educado e preparado na escola da condescendência-própria, e o resultado foi perderem o Céu e a eternidade de bem-aventuranças que podiam ter tido houvessem devotado suas energias a Deus. -- Manuscrito 16, 1886. Louvor aos ganhadores de almas MS 134 3 Haverá um louvor abençoado, uma bênção santa, sobre os fiéis ganhadores de almas. Juntar-se-ão eles aos que se rejubilam no Céu, os quais saúdam o recolhimento da colheita. Quão grande será a alegria quando os redimidos do Senhor se encontrarem todos -- reunidos nas mansões preparadas para eles! Oh! que regozijo para os que tiverem sido imparciais e abnegados cooperadores de Deus em levar avante Sua obra na Terra! Que prazer terão todos os ceifeiros quando se ouvir a clara e melodiosa voz de Jesus, dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai! entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo!"... MS 135 1 O Redentor é glorificado porque não morreu em vão. De coração alegre e exultante, os que cooperaram com Deus vêem o trabalho de sua alma em favor dos pecadores que sucumbiam, moribundos, e ficam satisfeitos. Esquecidas são as horas ansiosas que passaram, as circunstâncias embaraçadoras que tiveram de enfrentar, a tristeza de coração porque alguns se recusaram a ver e receber as coisas que contribuíam para a sua paz. A abnegação por eles exercida a fim de manter a obra já não é lembrada. Ao olharem eles para as almas que procuraram ganhar para Jesus, e vê-las salvas, eternamente salvas -- monumentos da misericórdia de Deus e do amor do Redentor -- reboam ali, através das arcadas dos Céus, os brados de louvor e de ações de graças. -- The Review and Herald, 10 de Outubro de 1907. Ganho que é perda MS 135 2 Deus certamente recusará qualquer vantagem obtida por meio de negócio egoísta e injusto. Meu irmão, teus sentidos devem ser puros e santos. Devemos atingir um padrão mais elevado. Cumpre-nos vigiar, devemos orar, permanecendo sempre prontos para a ação. -- Carta 13, 1902. ------------------------Capítulo 8 -- Conselhos e advertências Nossa atitude para com as instituições do Senhor MS 137 1 Em anos passados escrevi muitas coisas aos nossos irmãos e irmãs da América, da Europa e da Austrália, com respeito à atitude que deviam manter para com nossas instituições denominacionais. Eu vos estou enviando agora alguns desses escritos, como instruções oportunas. MS 137 2 De uma carta escrita em 1889, cito: MS 137 3 "Os que levam pesadas responsabilidades em nossas instituições devem ser fortalecidos e sustentados por saberem que os membros de todos os lugares estão orando em favor da prosperidade e êxito dessas instituições. Se as igrejas não sentem que a obra realizada em nossas instituições é obra importantíssima, e que os obreiros necessitam de sua simpatia e cooperação inteligente e cordial, essa falta retardará o progresso da obra. Não são raras as queixas feitas com respeito a homens que levam pesados fardos. Vêm a esses homens desencorajamentos por causa dos elementos não consagrados de nossas igrejas, os quais gostam de falar, e dizem: 'Contai, e contaremos.' Isto cria mais trabalhos para os homens que já estão sobrecarregados. MS 137 4 "Os que diariamente se consagram a Deus, e se esforçam para manter erguidas as mãos dos que levam responsabilidades, serão abençoados pelo Céu. Estamos empenhados em uma grande obra, e Satanás usará todo o seu poder para conquistar para seu lado os próprios homens e mulheres que poderiam cooperar com Deus fazendo uma obra preciosa se fossem puros, santos e guiados pelo Espírito Santo; se tivessem corações de terno amor afetuoso e verdadeiro e tributassem o devido respeito àqueles a quem Deus indicou para realizar uma grande e importante obra. Os homens que se acham empenhados no serviço do Mestre têm muitas vezes sido feridos pelos que pensam e falam mal e criam sentimentos de desconfiança e inveja, sentimentos que não devem ser tolerados ou mantidos em atividade pelas línguas não santificadas." MS 137 5 Esses mesmos princípios foram submetidos à atenção de nossos irmãos e irmãs na Assembléia de Iowa em 1902. Em uma comunicação a eles dirigida há a seguinte instrução: Relação dos membros da igreja para com os obreiros médicos MS 138 1 "Pelos votos batismais os membros da igreja comprometeram-se a permanecer sob o domínio do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Depois, sob tentação, alguns se afastam da influência do Espírito de Deus, e servem ao inimigo. Tornam-se faladores vãos, fomentadores de discórdia. Em lugar de curarem e restaurarem, eles ferem e destroem. MS 138 2 "Quão cuidadosa deve ser toda pessoa que diz amar e temer a Deus, com respeito à reputação das instituições que o próprio Deus estabeleceu segundo a Sua palavra! Quanto cuidado deve exercer cada professo cristão com a reputação daqueles cujo trabalho é levar alívio aos seres humanos que sofrem! Os médicos necessitam de nervos calmos. Não podem os homens e mulheres ser levados a compreender que quando estão constantemente procurando prejudicar e derrubar a reputação dos médicos apontados pelo Senhor, aos quais foi confiada uma obra especial, esses servos de Deus sentem agudamente as feridas feitas por suas não santificadas declarações? Seus corações são magoados e feridos pelo espírito de crítica, as notas depreciativas, o exemplo e as práticas não cristãs dos que deviam permanecer como apoio dos homens que agem como a mão auxiliadora de Deus. Crítica descuidada e cruel MS 138 3 "Muitos professos cristãos se têm tornado instrumentos de Satanás, que os utiliza para criticar, desanimar e aproximar da morte aqueles a quem Deus indicou para fazer uma obra muito importante. Muitas palavras contrárias aos princípios da verdade e da justiça, muitas palavras que causam suspeita e desconfiança, têm sido pronunciadas. Não podem ver as pobres almas, que têm estado por muito tempo atrapalhando, que por sua maneira de agir estão ignorantemente servindo ao inimigo de toda justiça? Não podem ver que estão impelindo os obreiros bem-sucedidos para o campo de batalha de Satanás, para se tornarem o joguete da tentação? MS 138 4 "Muitos desses faladores descuidados não sabem o que estão fazendo. Não podem ver que suas palavras desanimam aqueles aos quais Deus indicou para representar a Jesus Cristo e Sua verdade para este tempo. Ao aliviarem a humanidade sofredora, os médicos consagrados estão fazendo a obra do Grande Restaurador, que disse: 'Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes.' Mateus 25:40. MS 139 1 "Compreendam aqueles cujos lábios não são santificados que, no interesse de sua própria alma, deveriam converter-se agora, a fim de que suas palavras sejam um cheiro de vida para vida, e não de morte para morte. É tempo de que os faladores vãos se reformem. Comece cada qual a se reformar, e a edificar de novo sua casa. Alivie cada membro da igreja os fardos e anime o coração de seus irmãos, sustentando-lhes as mãos e fortalecendo-os para que façam a vontade de Deus." -- Special Testimonies, Série B, 5:23-25. Experiência e sabedoria necessárias MS 139 2 Grande número de médicos existe que deixaram de ser estudantes quando receberam seu diploma, os quais são cheios de si mesmos e acham que sabem tudo o que merece ser sabido, e aquilo que não sabem não vale a pena saber. Essa classe, porém, não é a daqueles que desejamos. Quando o médico inicia seu trabalho como profissional, quanto mais experiência verdadeira e prática tem, tanto mais plenamente sentirá sua necessidade de conhecimento. MS 139 3 Se pretensioso, ele lerá artigos acerca das doenças e como tratá-las sem ajuda da Natureza; tomará as declarações e as introduzirá em sua prática, e sem exame demorado, sem estudo intenso, sem peneirar cada declaração, torna-se ele simplesmente um obreiro maquinal. Porque conhece tão pouco, estará pronto a fazer experiências com vidas humanas, e sacrifica não poucas. Isto é assassínio, real assassínio. Ele não fez esse trabalho com más intenções, não tinha nenhum propósito maldoso; a vida, porém, foi sacrificada por conta de sua ignorância, porque ele foi um estudante superficial, pelo fato de não possuir aquela prática que o tornaria um homem digno de encarregar-se de vidas humanas. Requer cuidadoso, profundo e intensivo esforço mental, levar o fardo que o médico deve conduzir para aprender completamente o seu ofício. MS 139 4 Todo médico que recebeu uma educação cabal será bem modesto em suas pretensões. Não quererá correr qualquer risco fazendo experiências com a vida humana, para que não seja culpado de assassínio e isso seja escrito contra ele nos livros do Céu. Deve haver um médico cuidadoso e competente, que seja muito pouco dado ao tratamento com drogas, e que não propalará serem os venenos poderosos muito mais eficazes do que uma quantidade menor cuidadosamente tomada. -- Manuscrito 22, 1887. O pastor e sua esposa MS 140 1 O pastor e esposa verdadeiramente convertidos e que se dedicam inteiramente à obra do Senhor estão diariamente se tornando mais e mais entendidos e eficientes em seu trabalho em favor de outros. Eles podem abrir as Escrituras às almas de tal maneira que leve luz às mentes em trevas. MS 140 2 Mulheres podem aprender o que é necessário para alcançar outras mulheres. Há mulheres adaptadas de modo especial para a obra de darem estudos bíblicos, e são bem-sucedidas em apresentar a outros a Palavra de Deus, em sua simplicidade. Elas se tornam grande bênção em alcançar as mães e suas filhas. Esta é uma obra santa, e os que nela se empenham devem receber encorajamento. O médico e sua esposa MS 140 3 Na obra médico-missionária a ser feita, mulheres devem aplicar tratamento em mulheres. Um homem e esposa médicos podem realizar grande bem trabalhando juntos. A esposa pode visitar outras mulheres, e quando encontra sofrimento e doença, pode consultar-se com o esposo quanto ao melhor método de auxiliar os sofredores. Deveríamos ter mais médicas do que temos. Quando as mulheres doentes são tratadas e cuidadas por mulheres, fecha-se para Satanás uma porta através da qual ele procura entrar. Muitos casos me foram apresentados nos quais Satanás tem penetrado através dessa porta para arruinar as famílias. Não permitais que ele obtenha vantagem em qualquer ponto. MS 140 4 Desejo que todos entendam este assunto. Deve haver em nossos sanatórios médicas que estejam ao lado de seus esposos, e que possam examinar as mulheres, e lhes apliquem o tratamento. Muitas outras mulheres ativas, inteiramente convertidas, devem tornar-se médicas entendidas. MS 140 5 Sou instruída quanto a nossos sanatórios deverem ter médicas, da mesma forma que médicos. -- Carta 108, 1910. Tentações sutis MS 140 6 Tentações sutis e perigosas virão ao médico que crê na verdade para os últimos dias. Supõe-se ser admissível a ele aquilo que devia ser condenado em um obreiro de outra classe. Encobre-se dessa forma uma multidão de pecados, pecados que são registrados nos livros do Céu como um afastamento dos princípios bíblicos. Em lugar de ser descuidado e familiar, deve ele agir sábia e discretamente. Nossos sanatórios não devem tornar-se objeto de crítica por causa de uma familiaridade descuidada demonstrada pelos médicos e os enfermeiros. A tentações dessa espécie o médico pode resistir se compreender o perigo e se apegar ao seu Salvador, praticando a Palavra de Deus em todos os respeitos. Se formos fiéis à Palavra de Deus, estaremos ao lado de Cristo, do lado dos fiéis e santos anjos; permaneceremos sob a proteção da Onipotência. De quem, pois, devemos ter medo? -- Manuscrito 162, 1897. Manter elevado padrão moral MS 141 1 Por sua própria maneira de agir, algumas pessoas de influência, que aparentemente estão trabalhando no interesse do sanatório, estimulam uma falta de consideração para com os regulamentos e a ordem; e a influência dessas pessoas vai longe no sentido de promover a insubordinação, principalmente no que tange ao namoro e casamento. As partes estão incapacitadas para os seus deveres; vivem uma vida irreal; condescendem com sonhos de satisfações muito elevadas e românticas, e em seu desejo de agradar um ao outro, tornam-se infiéis. MS 141 2 As idéias acerca do namoro têm seu alicerce em idéias errôneas a respeito do casamento. Seguem o impulso e paixão cega. O namoro é conduzido num espírito de flerte. Os namorados freqüentemente violam as regras da modéstia e reserva e são culpados de indiscrição, mesmo que não transgridam a lei de Deus. O alto, nobre, sublime desígnio de Deus na instituição do matrimônio não é discernido; por isso não são aperfeiçoadas as mais puras afeições do coração, os mais nobres traços de caráter. MS 141 3 Nem uma palavra deve ser pronunciada, nem uma ação praticada, que não quereríeis que os santos anjos testemunhassem e registrassem nos livros do alto. Deveis ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve nutrir afeições puras, aprovadas, dignas dos seguidores de Jesus Cristo, de natureza exaltada, mais celestial do que terrena. Qualquer coisa diferente disso, no namoro, degrada e avilta; e o matrimônio não pode ser santo e honroso à vista de um Deus puro e santo, a menos que esteja de acordo com o exaltado princípio escriturístico. Precauções necessárias MS 142 1 Podem-se considerar desnecessárias essas precauções. Todavia, os que pleitearem maior liberdade não são dignos de estar ligados com estas instituições. A tolerada licença é chamada de liberdade e regalia, mas os que são professamente filhos e filhas de Deus devem elevar a norma e não manter nenhuma relação com os indisciplinados que desejam leis e regulamentos que satisfaçam os casos dos desobedientes. MS 142 2 A menos que esteja circundado por normas e regulamentos vigilantes, o sanatório tornar-se-á logo um viveiro de iniqüidade. Há os que querem iludir e transviar as almas; eles têm o espírito de injuriar, em lugar de demonstrar respeito para com os que suportam o fardo e procuram manter elevada a norma. Quanto menos tais pessoas forem empregadas, tanto mais digna de confiança e mais pura será a atmosfera moral do sanatório. Sempre numa instituição como essa, conseguirão entrada pessoas cuja influência será para o mal. São elas daquela espécie que estão constantemente trocando o amargo pelo doce, e o doce pelo amargo. Há professos cristãos que perverterão a consciência e obscurecerão a mente, sob a pretensão de piedade; e os que não vêem nem sentem o perigo são antecipadamente os incautos ou as vítimas de Satanás. ... Instrução acerca de associação MS 142 3 Não é tempo em que o casamento deva ser considerado como felicidade certa. Ele é um empreendimento duvidoso. Mais miséria do que felicidade é o resultado; e contudo o casar e o dar em casamento é como foi nos dias de Noé. MS 142 4 Parece não haver nenhum freio; mas a paixão e o impulso mantêm o poder controlador, e a juventude parece estar fascinada pelo sentimentalismo apaixonado. Por esse motivo são grandemente necessários normas e regulamentos para proteger os que estão ligados ao sanatório, ao colégio e ao escritório de publicações; e qualquer que considere essas restrições como desnecessárias não tem discernimento espiritual, e se demonstrará mais um obstáculo do que um auxílio. ... O pecado da época MS 142 5 A sensualidade é o pecado da época. A religião de Cristo, porém, manterá as linhas de controle sobre todas as espécies de liberdade ilegal; os poderes morais manterão as linhas de controle sobre cada pensamento, palavra e ato. O engano não será encontrado nos lábios do verdadeiro cristão. Não condescenderá com nenhum pensamento impuro, palavra alguma pronunciada que se aproxime da sensualidade, nenhum ato que tenha a menor aparência do mal. MS 143 1 Os sentidos serão protegidos. A alma que tem a presença de Jesus habitando no íntimo, crescerá até à verdadeira grandeza. A alma inteligente que mediante a graça de Cristo respeita a todos os mandamentos de Deus, dirá às paixões do coração, enquanto aponta para a grande e divina norma moral de justiça: "Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas", e a graça de Cristo será como um muro de fogo em torno da alma. MS 143 2 Há os que dirão: "Oh! não necessitais ser tão escrupulosos! Um pouco de flerte inofensivo não fará nenhum mal." E o coração carnal se apressa à tentação, e à prática sancionadora de condescendências que acabam em pecado. Esta é uma baixa forma de moralidade, que não satisfaz à elevada norma da lei de Deus. MS 143 3 A vileza do coração humano não é compreendida. Há sempre, relacionados com nossas instituições, indivíduos cujo caráter é modelado em um molde inferior, e eles não necessitam senão de uma palavra de incentivo daqueles que se acham em posições mais elevadas para tomarem a liberdade de agradar o coração não santificado. Há no sanatório os que não são pecadores declarados; eles escondem seus pecados dos olhos humanos; possuem uma bela moralidade exterior; todavia o olhar do Senhor os vê. Eles encontram meios de agradar os pendores sensuais inferiores; sua vida é maculada, e eles estão maculando a outros por seu exemplo. Evitai o primeiro passo errado MS 143 4 Não procureis saber quão perto podeis andar à beira do precipício e todavia estar seguros. Evitai a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Vosso capital é vosso caráter. Acariciai-o, como faríeis a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio, o forte poder de resistência, têm de ser acariciado firme e constantemente. Não deve haver um único afastamento da discrição; um ato de familiaridade, um deslize, podem pôr em perigo a alma, abrindo a porta da tentação, e torna-se enfraquecido o poder de resistência. MS 144 5 Ao ver os muitos ardis e tentações para a imoralidade, pergunta o salmista: "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?" Esta pergunta se adapta a qualquer pessoa que está ligada com as nossas missões, e a cada instrumento de Deus. Nesta fase de nossa obra, a resposta é: "Observando-o segundo a Tua palavra." É necessário manter uma viva ligação com o Céu, suplicando tantas vezes quantas o fazia Daniel -- três vezes ao dia -- a graça divina para resistir ao apetite e à paixão. Lutar com o apetite e a paixão sem a ajuda do poder divino será inútil; fazei de Cristo, porém, a vossa fortaleza, e a linguagem de vossa alma será: "Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio dAquele que nos amou". Disse o apóstolo Paulo: "Esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." MS 144 1 Não julgue ninguém que ele possa vencer sem o auxílio de Deus. Precisais ter a energia, a força, o poder, de uma vida interior produzida em vosso íntimo. Produzireis então frutos para a santificação e abominareis intensamente o vício. Deveis lutar constantemente para manter afastada a mundanidade, as conversas fúteis, tudo que é sensual, e vos propordes como alvo a nobreza da alma e um caráter imaculado. Vosso nome pode manter-se tão puro que não pode, com justiça, ligar-se a qualquer coisa desonesta ou injusta; ao contrário, será respeitado por todos os bons e puros, e pode ser inscrito no livro da vida, do Cordeiro. -- Manuscrito 4a, 1885. Como correntes de uma fonte pura MS 144 2 Diretores e auxiliares, ... dirijo-me a vós como cristãos, como a homens e mulheres cuja alma está unida a Cristo como o ramo está unido à videira viva. Se não fostes renovados no espírito de vosso entendimento, por amor de vossa alma não vos demoreis de maneira alguma em esconder a vossa vida com Cristo em Deus. Essa é a primeira tarefa de vossa vida. Quando Cristo estiver habitando no coração, não sereis levianos, fúteis e imodestos, mas circunspectos e dignos de confiança em todos os lugares, proferindo palavras puras como correntes de uma fonte pura, que refrigeram a todos com quem entrais em contato. MS 144 3 Se resolverdes continuar com vossa conversa ociosa e conduta frívola, ide para algum lugar onde vossa influência e exemplo não sejam tão grandemente sentidos, a contaminar outras almas. O de que todos necessitais é um senso tal da pureza e santidade de Cristo que vos leve a desprezar essa aparência de religião que não faz feliz a ninguém, não traz nenhuma paz de consciência, repouso algum de fé. MS 145 1 Busquem todos os que se acham relacionados com estas instituições ordenadas por Deus para a salvação das almas, sabedoria divina, graça celestial, para que exerçam uma elevada influência sobre os outros. A menos que estejam constantemente recebendo força de Jesus, olhando para Ele, nEle confiando, haurindo, pela fé, de Sua divina graça, tornar-se-ão fácil presa da tentação. MS 145 2 Há tantas senhoritas atrevidas, e senhoras audazes e petulantes, que têm a faculdade de insinuar-se tornando-se notadas, pondo-se na companhia de moços, cortejando atenções, convidando para flertes a homens solteiros e casados, que a menos que a vossa face esteja dirigida para Cristo, firme como o aço, sereis arrastados para a rede de Satanás. Educai-vos à pureza de pensamento MS 145 3 É tempo de que como cristãos, alcancemos mais elevada norma. Deus nos livre que qualquer instituição por Ele fundada se torne um meio de engodar as almas, um lugar no qual se ensine a iniqüidade. Aprendam todos, na escola de Cristo, a humildade de coração; apóiem sua desajudada alma em Jesus. Vivei na luz dos oráculos de Deus. Educai vossa mente e coração a pensamentos puros, elevados e santos; "tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento". Qualquer que seja a vossa influência, seja ela orientada para exaltar a Jesus. A menos que isso façais, sois um falso guia, que leva as almas para fora da verdade, da vida, da luz do mundo; e quanto mais agradáveis e atrativas as vossas maneiras, tanto maior dano causais às almas. ... MS 145 4 Não haverá nenhum prazer na conversação frívola, por parte dos que vão a Jesus em busca de força, que confiam em Sua justiça para salvação. Pela fé aceitam a Jesus como seu Salvador pessoal, e se tornam participantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. MS 145 5 Ao passo que os homens e as mulheres de uma instituição de saúde devam ser bondosos e corteses, conquanto se requeira deles que sejam afáveis e gentis para com todos, devem eles evitar mesmo a aparência de familiaridade indevida. E não só devem observar, eles próprios, conduta rigorosamente apropriada, mas por preceito e exemplo devem ensinar outros a serem modestos e a evitarem liberdades, galhofas, lisonja e conversas frívolas. Evitai o favoritismo MS 146 1 Tudo que tem sabor de familiaridade inconveniente deve ser recusado pelos médicos, superintendentes e auxiliares. Não deve haver nenhuma concessão de favores especiais ou especiais atenções a uns poucos, nenhuma preferência de um sobre outro. Tem sido feito isso, e é desagradável a Deus. Há pessoas dignas que estão aflitas e sofrendo, mas que não se queixam, as quais necessitam de atenções especiais. Passam-se às vezes por alto esses homens e mulheres, com indiferença e com uma dureza de coração que é mais semelhante ao caráter de Satanás do que ao de Cristo; enquanto senhoritas jovens e petulantes, que de maneira alguma necessitam ou merecem favores, recebem atenções especiais. Toda essa negligência é escrita nos livros do Céu. Todas essas coisas estão plasmando o caráter. MS 146 2 Tenham em mente todos aqueles que estão relacionados com a instituição como auxiliares, as palavras da Inspiração: "A sabedoria, porém, lá do alto, é primeiramente pura; depois pacífica, indulgente, tratável, plena de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento". Ao passardes por alguém que se acha em necessidade de vossa simpatia, de vossos atos bondosos, e lhos não proporcionardes, mas vos voltardes para os que estão em evidência e lhes dispensardes os vossos favores, lembrai-vos de que Jesus é insultado na pessoa dos Seus aflitos. Ele diz: "Tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; ... estando nu, não Me vestistes; achando-Me enfermo e preso não fostes ver-Me." E quando vem a pergunta de surpresa: Quando Te vimos assim? surge a resposta: "Em verdade vos digo que sempre que deixastes de fazer a um destes mais pequeninos [que estavam aflitos e necessitados de vossa simpatia], a Mim o deixastes de fazer." "Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes." Os ricos não necessitam de vossos favores, e, sim, os pobres. Os machucados e feridos, os mancos do rebanho, estão entre nós, e esses provam o caráter dos que se dizem filhos de Deus. Levando outros para a perdição MS 146 3 Os anjos de Deus estão observando o desenvolvimento do caráter. Estão pesando o valor moral. Se dedicardes vossas atenções aos que não têm necessidade, estais-lhes causando dano, e vós mesmos recebereis condenação, em lugar de recompensa. Lembrai-vos de que quando por vossa conversação desceis ao nível das pessoas frívolas, estais encorajando-as no caminho que leva à perdição. Vossas desavisadas atenções podem provar-se a ruína da alma delas. Degradais-lhes a concepção daquilo que constitui a vida e o caráter cristãos. Confundis suas idéias, e causais impressões que podem jamais ser apagadas. O dano assim causado às almas que necessitavam ser fortalecidas, purificadas e enobrecidas, é muitas vezes um pecado para morte. Elas não conseguem associar esses homens com as sagradas posições que ocupam. Os pastores, os oficiais de igreja, são todos considerados como não sendo melhores do que elas próprias. Onde está, pois, o seu exemplo? MS 147 1 Deus apela a todos os que se dizem cristãos para que elevem a norma de justiça e se purifiquem a si mesmos como também Ele é puro. "Tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento." "Se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto. ... Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da Terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então vós também sereis manifestados com Ele, em glória. Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena; prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno, e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]." "Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância"; pois deveis andar na luz, enquanto há luz; "segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." -- Carta 6a, 1890. Apelo para mais simpatia MS 147 2 O médico cristão é um ministro da mais elevada espécie. Ele é um missionário. Os que por meio de sua aptidão, fidelidade e zeloso esforço, pela sabedoria vinda de Deus, podem aliviar o sofrimento do corpo, colocam-se numa relação tal para com seus pacientes que podem apontar-lhes o Restaurador da alma, que pode dizer: "Os teus pecados estão perdoados." ... Obter a confiança dos pacientes MS 147 3 És muito reticente. Está em teu poder unir os doentes a teu coração, e caso não obtenhas a confiança de teus pacientes, é porque não vês tua grande necessidade de tato, de habilidade, ao ministrares à alma, bem como ao corpo. Não justifico ninguém que use de falsidade para com o agonizante. De maneira tão suave quanto possível, dize-lhes a verdade relativamente a seu caso -- como acredito que fazes -- e aponta-lhes então a Jesus como sua única esperança. MS 148 1 Não tens o direito de fechar-te dentro de ti mesmo, e raramente dizer qualquer coisa aos pacientes. Não deves manter os pacientes esperando por tua decisão em seu caso. Não é justo causar-lhes angústia mental por demora desnecessária. Cada caso deve receber pronta atenção, por sua vez, e de acordo com sua necessidade. A negligência nesse sentido tem-te prejudicado a partir do início da tua profissão médica. Ela não é necessária, nem deve existir. MS 148 2 Foi-me mostrado que esse defeito de teu caráter tem levado homens e mulheres a amaldiçoar-te em seu coração, e a quase blasfemar de Deus. Todavia, se eu pensasse que isto não poderia ser corrigido, não escreveria como o faço. É teu dever como médico cristão, disciplinar tuas maneiras e hábitos no quarto dos enfermos, ser alegre e afável, manifestar terna simpatia, conversar livremente sobre os assuntos indispensáveis a teus pacientes e que entram na esfera de tua atividade. Podes atingir uma elevada norma em tua profissão. Pensamentos sobre assuntos desagradáveis MS 148 3 Não lances a culpa sobre outros, eu te peço. Tens ponderado muito demais sobre assuntos desagradáveis. Há muitas coisas que não vês do ponto de vista correto. Por isso, deixa de pensar em coisas desagradáveis; deixa de falar delas; fixa a mente em Jesus, teu Ajudador, e trabalha com fé e confiança. Em te disciplinando, podes obter maior sucesso do que já tiveste até aqui. ... MS 148 4 O médico precisa estar em comunhão diária com Deus, a fim de que possa ser um constante conduto de luz para seus pacientes. Deve ele ser um imitador do Senhor Jesus Cristo. Enquanto lida diariamente com a morte, trabalhando em favor dos que se acham à beira da sepultura, necessita ele de um constante suprimento da graça de Deus, pois há o perigo de que se torne indiferente às realidades eternas. Sua única segurança está em conservar o Senhor sempre diante de si, manter de contínuo a mente sob a influência do Espírito de Deus. Delicadeza e cortesia cristã MS 149 1 O médico deve ser governado por um rigoroso senso de oportunidade em todos os tempos e em todas as ocasiões. Falo claramente, pois sei que é meu dever fazê-lo. Não há como seres casto demais em tuas palavras nem decoroso demais ao examinares os pacientes. A grosseria e a indelicadeza na sala de operações, ou ao lado da cama dos enfermos, é pecado aos olhos de Deus; e na mente dos pacientes deporá com poder contra o médico. A menos que alimente um rigoroso senso de boas maneiras, inadvertidamente chocará ele os pacientes sensíveis que são delicados e polidos. MS 149 2 Mais do que todos os outros homens que ocupam posição de responsabilidade, necessita o médico de estar em contato com Deus, de ser continuamente por Ele ensinado, do contrário há perigo de que, sob tentação, se torne desonesto, grosseiro, e depravado. Necessita ele de uma religião pura e imaculada. E os que permanecem como seus assistentes devem ser pessoas prudentes e calmas, que temam a Deus. Estás seguro apenas quando em contato com a Fonte de todo poder, de toda pureza e elevação de caráter. MS 149 3 Há entre os médicos mentes vulgares e mesmo sensuais. Não permita Deus seja este o caráter de alguém que afirma crer nas verdades sagradas. O Espírito de Deus nos protegerá de todo mal, e nos comunicará uma apreciação da realidade das coisas espirituais e eternas. As solenes verdades que professamos santificarão a alma, caso as introduzamos no santuário do coração. Oh! que cada médico seja aquilo que Deus quer que ele seja -- puro, santo, incontaminado, protegido pela graça de Deus, sabedor de que Cristo é seu Salvador pessoal. MS 149 4 Tem sempre em mente, Dr. _____, que o quarto dos doentes é um lugar no qual a cortesia cristã, a delicadeza e a polidez devem sempre ser manifestadas. Não deve haver nem mesmo uma aproximação da vulgaridade. As ações do médico estão causando suas impressões; o tom de sua voz, a expressão do seu semblante, as palavras que pronuncia, são consideradas pelos pacientes. Cada movimento é estudado. Dar louvor a Deus MS 149 5 Se o doente é aliviado de sofrimento, e trazido de volta, por assim dizer, da morte para a vida, ele é levado a quase adorar aquele que, pensa, salvou-lhe a vida. Raras vezes pensa ele que foi Deus quem fez essa obra por meio de Seus instrumentos humanos. Eis o momento oportuno para que Satanás surja e leve o médico a exaltar-se a si mesmo em lugar de a Cristo. Jesus diz: "Sem Mim nada podeis fazer." MS 150 1 Deveis levar o paciente a olhar para Jesus como o médico tanto do corpo como da alma. Se o médico tem o amor de Cristo no coração, usará sua influência para colocar o Poderoso Restaurador perante o enfermo. Ele pode dirigir os pensamentos, a gratidão e o louvor para a Fonte de todo poder, graça e bondade. Se deixa de fazer isso, está negligenciando as mais preciosas oportunidades. Oh! que ensejo para o médico cristão exercitar seus talentos para a glória de Deus, e dessa maneira entregá-los aos banqueiros, para serem multiplicados, e enviar de volta ao Céu um caudal de luz em louvor e agradecimento a Deus por Sua graça e amor! Oh! que oportunidades para lançar no coração a semente que produzirá fruto para santidade! MS 150 2 Aquele que ama a Deus supremamente, de todo o coração, de toda a alma, pensamento, poder e força, amará a seu próximo como a si mesmo, e lutará em favor de seu supremo bem. Não perderá uma só oportunidade de colocar o Senhor diante do enfermo. Falsas idéias de ética MS 150 3 Há falsas idéias de coerência e ética, que levam a negligenciar sagrados deveres. A ética mundana, que é um estorvo para a salvação de almas humanas mediante o exaltar a Jesus diante delas, e o procurar fazer-lhes o bem, deve ser rejeitada. Deve constituir nosso constante estudo sabermos como podemos seguir melhor o exemplo de Cristo e promover Sua glória. A união com Deus é tudo. O que os médicos tentam fazer, Cristo realiza no sentido mais completo. O médico trabalha com ardor para prolongar a vida. Cristo é o Doador da vida. MS 150 4 Quem dotou o médico de razão e inteligência? Aquele que é a verdade e a vida. Ele aplica o bálsamo de Gileade. E o Grande Restaurador. É aquele que tem repetidamente vencido a morte, e que confere vida eterna -- Deus sobre tudo. Se o médico aprendeu na escola de Cristo, enquanto ministra aos corpos enfermos, vigiará pelas almas como alguém que deve dar conta delas. A testemunha invisível MS 151 1 Os médicos cristãos necessitam orar -- vigiar em oração. Diante deles acha-se uma porta aberta para muitas tentações, e eles precisam ser despertados para um senso vivo de que há um Vigia a seu lado, tão certamente como o havia naquela festa sacrílega de Belsazar, quando os homens louvavam os deuses de prata e de ouro e bebiam nos vasos sagrados do templo de Deus. Quando os homens tomam a honra para si mesmos, estão desonrando a Deus. MS 151 2 Sempre que por qualquer ação alguém leva os homens a se esquecerem de Deus, ou a negligenciar as claras injunções de Sua Palavra, a Testemunha invisível testifica, como na escrita da parede do palácio: "Pesado foste na balança, e achado em falta." Daniel 5:27. -- Manuscrito 17, 1890. Estabelecimento de novos sanatórios MS 151 3 Nesta manhã estou escrevendo antes que qualquer pessoa tenha levantado da cama. Estou recebendo cartas de pessoas que perguntam se tenho qualquer luz acerca do estabelecimento de novos sanatórios. MS 151 4 Para que fim são estabelecidos nossos sanatórios? Como nos relacionaremos nós mesmos com eles? MS 151 5 Anos atrás me foi concedida luz com respeito ao estabelecimento de sanatórios. Não está de acordo com o pensamento do Senhor que os sanatórios se multipliquem muito rapidamente. Não é plano Seu que uma instituição esteja demasiadamente perto de outra que faça a mesma espécie de trabalho; pois uma instituição, onde quer que esteja, deve ter boas instalações e auxiliares experientes. A ela devem estar ligados administradores capazes e tementes a Deus -- homens sãos na fé, que exerçam influência para o bem, e que estejam habilitados a levar as pesadas responsabilidades a eles confiadas, sem se atrasar, envolvendo em dívida as instituições. MS 151 6 Aquele que começa a construir uma torre deve primeiro assentar-se e fazer os cálculos, para ver se depois de começar a construir será capaz de terminar. Todos os que se propõem estabelecer um sanatório devem compreender que isso é um grande empreendimento. Caso não possuam suficiente aptidão e adaptabilidade para com êxito construir um novo sanatório, liguem-se com os sanatórios já estabelecidos, tornando seus os interesses dessas instituições. ... Sanatórios para benefício próprio MS 152 1 As pessoas que se sentem em liberdade de agir por impulso egoísta, e de estabelecer um sanatório independente para benefício próprio, não consideraram a influência que tal conduta exerce sobre o mundo. ... MS 152 2 Em tempos passados os adventistas do sétimo dia iniciaram-se neste ramo com o desejo egoísta de conseguir alguma coisa que os beneficiasse. Não têm sido suficientemente cuidadosos em tomar em consideração o efeito que suas ações poderiam exercer sobre a obra de uma instituição semelhante, estabelecida de acordo com a ordem de Deus. Se por uma falsa descrição das instituições já em operação, tais homens puderem desviar meios para si mesmos, para seu próprio benefício, eles serão constantemente tentados a fazer justiça a essas instituições. MS 152 3 Deus não abençoará os que trabalham sem se aconselharem com seus irmãos. Qualquer adventista do sétimo dia que suponha ser em si mesmo um todo completo, e que pode em todas as ocasiões seguir com segurança sua própria opinião e juízo, não merece confiança; pois não está andando na luz como Cristo na luz está. Muitos há que não têm um senso correto daquilo que estão fazendo. Os homens necessitam de idéias claras e profunda espiritualidade. Em Seu serviço, deseja Deus que cada homem ande judiciosamente, pesando os motivos que inspiram seus movimentos. MS 152 4 Haverá entre nós irresponsáveis, sem uma concepção adequada da obra importante que o Senhor pretende seja feita em nossas instituições -- a obra de cuidar dos enfermos e de disseminar os preciosos e necessários princípios da reforma da saúde. Os que têm deixado de conformar os atos de sua vida com esta reforma importante, necessitam converter-se inteiramente. Perda espiritual mediante objetivos egoístas MS 152 5 Caso os homens se tornem tão confusos e sem princípio a ponto de se dedicarem à obra sanatorial em proveito próprio, egoísta, não prosperarão em sua vida espiritual, e serão incapazes de influenciar outros espiritualmente de maneira adequada. Que aqueles que possuem grande desejo de salientar-se de alguma maneira, realizem uma obra que não envolva tanto a causa de Deus como o estabelecimento de um novo sanatório. -- Manuscrito 26, 1902. Em sabedoria e eqüidade MS 153 1 Ontem de tarde [25 de Agosto de 1907] o Dr. _____ me visitou, e tivemos uma demorada entrevista. ... MS 153 2 O Dr. _____ perguntou-me a respeito da relação que devemos manter para com a obra médica particular e os sanatórios particulares. Não pude dizer que devam ser impedidos os homens que estão trabalhando privadamente em ramos altruístas, embora reconheça que em muitos casos a questão envolve grande perplexidade. Muito depende de como esses sanatórios particulares são dirigidos. -- Carta 410, 1907. Avaliando o preço MS 153 3 Deve-se manifestar grande cuidado no estabelecimento de sanatórios; pois essa obra é importante. Os que estão encarregados da obra devem aconselhar-se com irmãos experientes quanto aos melhores planos a seguir. Devem avaliar o preço de cada passo dado. Não devem lançar-se à obra sem saber de quanto dinheiro dispõem para investir. MS 153 4 A primeira questão que deve ser considerada é: "Deveria haver um sanatório nesta localidade?" Caso deva, o caminho do dever é claro. Há, porém, outra pergunta, e muito importante, a considerar: "Estão aqueles a quem será confiada a obra de planejar e delinear em favor do empreendimento, preparados para agir cautelosamente, não confiando em si mesmos, mas agindo no temor do Senhor? Aconselhar-se-ão eles com os que têm tido experiência na obra?" MS 153 5 Evitar o fracasso vale muito mais do que pode ser calculado. Não se tornem os jovens a quem se tem encarregado de certos ramos da obra ansiosos, inquietos e aventureiros. Aprendam, com os erros dos outros, a prudência. MS 153 6 Ninguém suponha que seja assunto fácil dirigir uma instituição. Tenho visto muitos começarem esse trabalho e deixarem. Um homem deseja tornar-se diretor de uma empresa. Escolhe um sanatório. Começando esse trabalho em sua própria força, ele fracassa por completo. A menos que os homens que se tornam dirigentes de nossas instituições sejam humildes o suficiente para serem dirigidos pelo Senhor Jesus, agirão inadvertidamente. A fim de que os homens fortaleçam a causa de Deus, sua habilidade deve ser santificada, para que eles raciocinem com sabedoria da causa para o efeito. MS 154 1 Devem-se resguardar os interesses de nossos sanatórios. Todos devem sentir ser um privilégio fazer o melhor possível para levar avante a obra médico-missionária. Deus deseja que Seu povo se abstenha de fazer qualquer coisa que interfira com a obra de outros. Não é nobre nem correto da parte de uma pessoa iniciar uma obra de sanatório independente, onde já exista um sanatório estabelecido. É bem provável que se requeira a mais rigorosa economia para dirigir de maneira adequada um só sanatório, fornecer instalações apropriadas de tratamento e alimento saudável aos pacientes e auxiliares. MS 154 2 Cada transação comercial conta sua história no que se refere ao caráter do indivíduo. Não se deve fazer nenhuma obra ao acaso. Nenhuma ação deve ser praticada com espírito egoísta, sem levar em conta os direitos e propriedades dos outros. -- Manuscrito 93, 1901. Obra sanatorial como especulação MS 154 3 Nas primeiras horas da manhã sou despertada pelas palavras: Escreve as coisas que te apresentei. MS 154 4 Na construção do tabernáculo, foram dados aos israelitas tato e habilidade. A Seu povo hoje o Senhor dará habilidade e tato para fazer Sua obra. A todos que têm uma parte em Sua causa comunicará Deus sabedoria. Mas eles precisam confiar inteiramente nEle. Cumpre-lhes desejar ser controlados e guiados por Ele. Como um povo, devemos andar e trabalhar como homens e mulheres responsáveis para com Deus. MS 154 5 Alguns têm iniciado obra sanatorial por sua própria responsabilidade. Alguns se têm dedicado a essa obra como uma especulação, esperando ganhar dinheiro. Seu principal objetivo não era tanto curar o corpo e a alma dos enfermos, como ganhar dinheiro. Esses começaram a aprender que dedicar-se à obra de sanatório significa muito mais do que eles previam. MS 154 6 Muitas ações injustas são praticadas na esperança de obter lucros. O Senhor tem testemunhado essas ações. Nenhum ato injusto passa despercebido. Tudo que é conseguido dessa maneira, ver-se-á ser perda, perda eterna. Os instrumentos de Deus devem ser puros, santos e elevados MS 154 7 Nossos sanatórios são instrumentos de Deus, e devem permanecer firmes na defesa da verdade, fazendo de sua influência uma demonstração viva do poder do evangelho. Devem ser elevados, puros e santos, levando avante a obra em ramos reformatórios. Os que estão ligados com os nossos sanatórios devem manter o eu em sujeição, chamando-se a si mesmos à ordem, eliminando de suas práticas toda injustiça. MS 155 1 Nem um fio de egoísmo deve ser introduzido no tecido. Contudo, tem-se feito isso, e continuará a fazer-se, a não ser que o professo povo de Deus receba o novo coração que torna santas as ações. A não ser que eles se reformem, a menos que seu caráter seja mudado, serão deixados do lado de fora da Cidade de Deus; pois não pode entrar para dentro de seus portais coisa alguma que contamine. Somente os que estão sem mancha, ou ruga, ou coisa semelhante, passarão no grande exame. As ambições não santificadas se provarão a ruína de muitas almas. Eis a palavra que estou instruída a dar a todos que dizem crer na verdade presente. Afastamento dos princípios corretos MS 155 2 Homens têm entrado na obra sanatorial mais com o propósito de ganhar do que com o desejo de fazer obra missionária para Cristo. Não compreenderam sua responsabilidade de trabalhar como crentes consagrados e devotados, procurando comunicar a luz aos que estão nas trevas, mostrando a santidade que Deus aceita. Não mantiveram erguidos os princípios da reforma da saúde. Alguns se opunham à reforma da saúde; outros eram apenas meio convertidos quanto à questão da reforma alimentar. MS 155 3 Para alguns, a idéia principal ao empreender obra sanatorial tem sido mostrar o que "eu posso fazer". Não se assentaram primeiro e fizeram as contas, perguntando a si mesmos se, depois de iniciarem a obra, seriam capazes de levá-la avante de maneira aceitável e bem-sucedida, no temor e no amor de Deus. Em lugar de agirem cautelosamente, exercendo rigorosa economia a cada passo, fizeram investimentos com capital emprestado. Sentiram-se seguros de que poderiam levar avante a obra sem perdas, e de que suas dívidas logo seriam pagas. Não efetuaram seus planos com temor e tremor, e trouxeram problema para a causa que sua obra pretendia representar. MS 155 4 Caso nossos médicos estivessem dispostos a unir-se a homens que têm tornado o manejo das finanças um sucesso; se trabalhassem alegremente, de modo humilde, até que os rendimentos do seu trabalho lhes possibilitassem maior desenvolvimento; se eles se recusassem terminantemente a acumular dívidas, proteger-se-iam a si mesmos e a seus irmãos de muitas tristezas. Se contassem com o auxílio de Deus, pondo nEle a confiança e se mostrando dispostos a iniciar com pouco, e deixar que o mérito de seu trabalho fale por si mesmo; se tivessem motivos santificados; se tomassem a decisão de exercer uma salvadora influência no mundo, seriam abençoados em sua obra, e muitos outros sanatórios seriam estabelecidos como representantes da verdade. Solene advertência MS 156 1 O Senhor me instruiu quanto a advertir os que estabelecem sanatórios em novos lugares de que devem começar sua obra com humildade. Cumpre-lhes consagrar suas habilidades a Deus, para serem usadas para glória de Seu nome. MS 156 2 Os sanatórios estabelecidos no futuro não devem ser construções muito grandes e onerosas. Cumpre que se estabeleçam sanatórios locais pequenos em ligação com nossas escolas. MS 156 3 Devem-se estabelecer muitos sanatórios fora das cidades. Ligados a eles devem estar homens e mulheres de habilidade e consagração, que se orientem a si mesmos no amor e no temor de Deus. Essas instituições devem ser escolas de preparo. Os que desempenham uma parte nelas não devem achar que estão preparados para graduação, que sabem tudo que necessitam saber. Cumpre-lhes estudar diligentemente e pôr em prática de maneira cuidadosa as lições dadas por Cristo. -- Manuscrito 76, 1902. Agir cuidadosamente MS 156 4 Homens há que não agem com sabedoria. Estão ansiosos para fazer algo de grande aparência. Pensam que a aparência exterior lhes comunicará influência. Em seu trabalho, não se assentam primeiro e calculam o preço, para ver se são capazes de terminar o que iniciaram. Dessa forma denotam a sua fraqueza. Mostram que têm muito que aprender no que se refere à necessidade de agirem cuidadosa e precavidamente. Em sua confiança própria cometem muitos erros. Tem-se dado isso com vários que se haviam achado competentes para estabelecer e dirigir sanatórios. Vem-lhes o fracasso, e... eles se acham envolvidos em dívida. ... Contentar-se com o crescimento vagaroso MS 157 1 Homens que podiam ter agido bem, caso se houvessem consagrado a Deus, dispostos a trabalhar de maneira humilde, aumentando lentamente os seus empreendimentos e se recusando a contrair dívidas, fracassaram porque não trabalharam segundo a orientação certa. E, depois de entrarem em dificuldades, liquidaram suas propriedades, como homens incompetentes para administrar. Queriam aliviar-se dos apertos financeiros, e não pararam para pensar nos resultados posteriores. MS 157 2 Os que auxiliam os tais a saírem da dificuldade, são tentados a com eles se atarem com cordas tão fortes, na espécie de compromisso, que sempre acharão depois que são escravos. Eles raramente apagam a reputação de maus administradores e de fracasso. MS 157 3 Aos que assim se tornam envolvidos em dívida, sou instruída a dizer: Não desistais, se estais agindo de acordo com orientações corretas. Trabalhai com todas as vossas forças para aliviar vossa própria situação. Não lanceis uma instituição endividada sobre uma associação que já está grandemente sobrecarregada com dívidas. É melhor que cada sanatório assuma suas próprias responsabilidades. MS 157 4 Os que estão encarregados de nossos sanatórios devem agir cautelosamente. Haverá ocasiões em que verão pequeno lucro. Procedam eles com sabedoria, tato e adaptabilidade. Estudem e pratiquem as instruções dadas por Cristo quanto à construção da torre. A previdência é de mais valor do que a ponderação tardia -- quando se vê claramente resultar em fracasso a negligência de cálculo inteligente e cuidadosa administração. Os administradores negligentes, que não sabem administrar, devem ser afastados da obra. Contratai os serviços de homens e mulheres que saibam como acomodar-se às situações, de maneira que a obra não se desfaça. MS 157 5 Humilhem-se diante de Deus todos aqueles que estão ligados com as nossas instituições. Peçam a Deus que os auxilie a planejar de maneira tão sábia e econômica que as instituições lancem raízes firmes, e que dêem fruto para a glória de Deus. Não dependais de homens. Olhai para Jesus. Persisti em oração, e vigiai em oração com ação de graças. Cuidai de manter uma estreita ligação com Cristo. -- Carta 12, 1902. Honra através da humildade MS 157 6 Embora possuindo todas as instalações necessárias com que trabalhar, os administradores de alguns de nossos sanatórios maiores têm desejado efetuar muitos melhoramentos com dinheiro que lhes não pertence, mas sim ao Senhor. Alguns negligenciam praticar atos de misericórdia para com os necessitados, e usam em seu próprio benefício a pequena importância economizada dessa maneira. Muitos praticam ato após ato de complicado roubo a Deus na pessoa de Seus santos. Em suas transações comerciais, os que estão ligados com nossas instituições devem agir sempre de acordo com princípios nobres, revelando por seu exemplo os princípios puros e santos que orientam todo cristão. ... MS 158 1 O Salvador da humanidade nasceu de família humilde em um mundo ímpio e amaldiçoado pelo pecado. Cresceu na obscuridade em Nazaré, pequena cidade da Galiléia. Começou Sua obra na pobreza e sem posição mundana. Dessa forma, Deus introduziu o evangelho de maneira totalmente diferente daquela em que muitos consideram sábio proclamar o mesmo evangelho em 1902. Bem no início da dispensação evangélica ensinou Ele Sua igreja a confiar, não na posição e esplendor do mundo, mas no poder da fé e da obediência. O favor de Deus está acima das riquezas de ouro e prata. O poder de Seu Espírito é de inestimável valor. MS 158 2 Jamais devemos confiar na aprovação e posição mundanas. Ao estabelecermos instituições, jamais devemos procurar competir com instituições mundanas em tamanho ou suntuosidade. O grande desejo dos administradores de nossos sanatórios deve ser andar de tal maneira em obediência ao Senhor, que todos os auxiliares ligados com essas instituições possam pela fé andar com Deus como Enoque andou. MS 158 3 O Senhor orientará a todos que humildemente andarem com Ele. Os homens humildes, que confiam nEle, serão os obreiros mais bem-sucedidos de Sua causa. Alcançaremos a vitória, não erigindo imponentes edifícios em rivalidade com os nossos inimigos, mas nutrindo um espírito de mansidão e humildade semelhante ao de Cristo. E preferível a cruz, e esperanças frustradas, a viver com os príncipes e perder o Céu. A verdade sofrerá resistência tenaz, mas nunca perderá a sua vitalidade. -- Manuscrito 109, 1902. Desvantagens das instituições grandes MS 158 4 "Fugi dos grandes centros", tem sido a palavra do Senhor. "Levai a luz a muitos lugares." Os que desejam receber um preparo para obra médico-missionária eficiente, devem compreender que os grandes sanatórios serão dirigidos tão semelhantemente às instituições do mundo que os estudantes que trabalham nesses sanatórios não podem obter um preparo simétrico para a obra médico-missionária cristã. MS 159 1 A proclamação da verdade em todas as partes do mundo requer pequenos sanatórios em muitos lugares; não no coração das cidades, mas em lugares nos quais a influência das cidades seja sentida o menos possível. MS 159 2 Sou obrigada a dizer que a execução de instalação tão grande em _____ e simultaneamente a convocação daqueles que deveriam estar na obra médico-missionária em muitos lugares, é fazer justamente o que Deus especificou que não deveria ser feito. MS 159 3 O fato de que muitos pacientes estão vindo para o novo sanatório de _____ não deve ser interpretado como indicação de que o planejamento de obra tão grande aqui fosse o melhor. Para esta grande instituição virão muitos homens e mulheres que não estão de fato doentes. Serão necessários obreiros para servi-los; nossas enfermeiras se tornarão servas dos homens e mulheres do mundo que não estão inclinados para a piedade ou a religião. Todavia, essa não é a obra que Deus confiou a Seus missionários médicos. Nosso encargo nos foi confiado pelo maior Médico-Missionário que este mundo já viu. -- Carta 210, 1903. Perigo da separação do evangelho MS 159 4 Há perigo na tentativa do Dr. _____, de satisfazer as normas do mundo em suas idéias e práticas. Ele necessita buscar ao Senhor a cada passo. Precisa conservar em mira, não a sua própria glória, mas a glória do Senhor. ... E ele está em perigo de pôr a obra médico-missionária em primeiro lugar, fazendo dela o corpo em lugar de o braço. Ele não será bem-sucedido nisso, e não deve tentar o que não pode realizar. Estará desejoso de fazer grandes coisas separando do ministério do evangelho a obra médico-missionária; o Senhor, porém, não manda que Seus médicos separem a obra médico-missionária do ministério evangélico. A verdade, a verdade presente para este tempo, deve ser crida e seguida em ligação com os princípios da reforma da saúde. O Sábado uma prova para este tempo MS 159 5 Os sanatórios que são fundados devem estar estreita e inseparavelmente ligados com o evangelho. O Senhor deu instruções segundo as quais o evangelho deve ser levado avante; e o evangelho inclui a reforma da saúde em todos os seus aspectos. Nossa obra deve iluminar o mundo; pois ele está cego para os movimentos que estão tomando posição, preparando o caminho para as pragas que Deus permitirá sobrevenham ao mundo. As fiéis testemunhas de Deus devem dar a advertência. MS 160 1 O Dr. _____ tem desejo de realizar grandes coisas. Está em perigo de gastar suas energias fora do sanatório, em lugar de empregar todas as suas forças para tornar a instituição um poder em ligação com a mensagem do evangelho e da reforma do sábado. O Dr. _____ necessita colocar-se onde compreenda a verdade para este tempo. Essa é sua única salvaguarda como médico. Precisa ter os pés calçados na preparação do evangelho. MS 160 2 Ele está em perigo de se tornar confuso e deixar de ver a elevada e santa influência que a questão do sábado deve exercer sobre a obra para este tempo. Considerará necessário fazer no sábado muitas coisas que não devem ser feitas nesse dia. Caso procure assumir tantas responsabilidades, ele virá a dispensar muito pouca consideração ao sábado. Tal influência será uma maldição para a instituição. Os que estão ligados com os nossos sanatórios devem ser ensinados a considerar a questão do sábado como um grande teste para este tempo. Deus deseja que Seu povo mantenha a obra médico-missionária ligada com a obra da mensagem do terceiro anjo. Esta é a obra que restaurará a imagem moral de Deus no homem. ...* Maior poder na verdade do que na exibição mundana MS 160 3 O Dr. _____ não deve estudar como pode melhor atender às exigências do mundo. Não deve imitar o mundo em sua aparência e equipamento, ufanando-se de que essa é a maneira de atingir as classes mais elevadas. O evangelho proíbe o acariciamento de idéias mundanas. Podeis perguntar onde. Aponto-vos a vida de Cristo. Pensai no que Ele era antes de vir ao nosso mundo -- Comandante de todos os seres celestiais. Como veio Ele à Terra? Conhecemo-Lo como um homem pobre, que até o fim de Sua história terrestre manteve sua humildade. A idéia de que a aparência exterior proporciona influência a um homem ou à sua posição é um dos enganos de Satanás. Que ninguém se eleve acima dos métodos e do exemplo de nosso Senhor. Não existe mais elevada norma do que a vida de Cristo. Como um povo, cumpre-nos evitar as ambições do mundo, que tornaram homens e mulheres o que eles são hoje. Não devemos copiar os costumes e práticas dos homens sábios do mundo, a fim de obter favor ou influência. Semelhança com Cristo é verdadeiro cristianismo. Há na verdade um poder que nenhuma aparência exterior ou ostentação pode comunicar, que nenhuma suposição ou opinião podem mudar ou alterar. -- Manuscrito 172, 1899. Nenhum compromisso MS 161 1 Aos que entram na obra médico-missionária, virá a tentação de se exaltarem a si mesmos, de assumirem aparência pelo amor do resultado. Removei de vosso trabalho tudo dessa natureza. Que toda preocupação da alma seja tornar-se exatamente o que Cristo foi em Sua obra. Não devemos assumir compromisso algum com os hábitos e práticas do mundo. Cumpre-nos permanecer sobre a plataforma da verdade eterna, da verdade pura, não adulterada. Nisso podemos ser considerados esquisitos; essa, porém, é a sorte de todos os que fazem de Cristo a sua porção. Cada obreiro que se encontra em setores médico-missionários deve tornar essa obra um sucesso, vivendo em ligação com o Grande Obreiro. -- Manuscrito 96, 1898. ------------------------Capítulo 9 -- A administração de sanatórios Trabalho nobre MS 163 1 A administração de nossos sanatórios envolve muita coisa. Os que se acham ligados com eles têm um trabalho nobre a fazer, e devem ser mantidos estritamente princípios corretos. Os obreiros devem trabalhar para o estabelecimento e manutenção da obra de Deus de acordo com Sua indicação, e com a amplitude dos princípios da verdadeira temperança no comer, beber e vestir. Comunicar conhecimento dessa natureza e da salvadora graça e misericórdia de Deus é a obra mais honrosa e nobre em que os adventistas do sétimo dia podem empenhar-se. Dessa forma honram eles a Deus, levam avante seus próprios interesses para esta vida e para a futura, a vida eterna. Seu exemplo opera em favor da salvação de almas por quem Cristo deu a vida. Elevada norma MS 163 2 Cumpre-nos desenvolver em nossos hospitais uma norma elevada. O estandarte da verdade, piedade e utilidade deve estar sempre erguido. Os frutos abençoados da árvore do evangelho devem manifestar-se na consagração completa e na vida de santidade. Todo verdadeiro obreiro que trabalha para o Mestre deve ser como a cidade edificada sobre o monte, que não pode ser escondida. Os médicos e administradores de nossas instituições médicas devem ser precavidos; de outro modo eles negarão os princípios da verdade e da justiça, que exaltam ao Senhor do Céu. Deus deve habitar-lhes no coração, do contrário eles darão a outros um exemplo que será para prejuízo destes. MS 163 3 Eles serão tentados a alimentar o gosto e os hábitos de pessoas não consagradas, apresentando inovações, e a bênção de Deus será retirada da obra. Lembrai-vos sempre de que aos olhos de Deus um coração manso e humilde constitui verdadeiro valor,--o próprio ornamento de um espírito manso e quieto, que Ele considera valioso. Deus pode abençoar os mansos e humildes. Pode usá-los como instrumentos de honra para abençoar a outros; pois eles darão a glória Àquele a quem pertence toda a grandeza e poder. MS 164 1 Serão requeridos tato e habilidade. É necessário estar constantemente alerta para enfrentar o preconceito e dominar as dificuldades. A menos que se tome essa atitude, não haverá paz, senão espada, em nossas instituições. Os obreiros são constantemente trazidos em contato com outros que também levam pesados fardos; e todos necessitam da iluminação divina. Eles necessitam manifestar o abnegado e amoroso espírito de Cristo. Serão provados. Sua fé e amor, paciência e constância, serão provados; mas Deus é seu Ajudador. -- Manuscrito 162, 1897. Qualidades essenciais ao administrador MS 164 2 Nossas instituições de saúde são de valor, na estima do Senhor, apenas quando se permite que Ele presida sua administração. Se Seus planos e projetos são considerados inferiores aos planos dos homens, Ele olhará para essas instituições como não possuindo valor maior do que as instituições estabelecidas e dirigidas pelos mundanos. Deus não pode apoiar qualquer instituição, a menos que esta ensine os princípios vivos de Sua lei e traga seus próprios atos em estrita conformidade com esses preceitos. Sobre as instituições que não são mantidas de acordo com Sua lei, pronuncia Ele a sentença: "Rejeitada; pesada foste nas balanças do Céu e achada em falta." MS 164 3 O homem que se acha na direção de qualquer trabalho na causa de Deus deve ser inteligente, capaz de administrar grandes negócios com sucesso, de temperamento calmo, paciência semelhante à de Cristo, de perfeito domínio próprio. Somente aquele cujo coração é transformado pela graça de Cristo pode ser um líder adequado. MS 164 4 Os que agem como gerentes e administradores em nossos sanatórios não devem fazer dos métodos mundanos seu critério; pois o sinal de Deus, como se acha definido em Êxodo 31:12-17, deve revelar-se em todo o seu amplo significado. A observância apropriada do dia de sábado por todos os que se acham relacionados com nossos sanatórios, exercerá uma indizível influência para o bem. Cumpre que cada instituição médica estabelecida pelos adventistas do sétimo dia leve o sinal de Deus diante do mundo de maneira distinta, sem dissimular os fatos de maneira alguma. Devemos proclamar a mensagem do terceiro anjo, que voa pelo meio do céu tendo o evangelho eterno para proclamar ao mundo. Cumpre-nos erguer bem alto a bandeira na qual está escrito: "Os Mandamentos de Deus e a fé de Jesus."* O uso dos meios MS 165 1 Os homens que ocupam posições de confiança devem considerar como tesouro de Deus as finanças que manuseiam, e usá-las de maneira econômica. Quando há abundância na tesouraria, não devem eles investi-la na anexação de prédio e mais prédio em lugares já providos de monumentos para Deus. Centenas de outros lugares estão necessitados desse dinheiro, para que, também eles, possam ter alguma coisa para representar a verdade. Todas as partes da vinha do Senhor devem ser trabalhadas. MS 165 2 O poder de usar e desembolsar dinheiro do Senhor não deve ser deixado a critério de qualquer homem sozinho. Deve-se dar conta de cada dólar gasto. O dinheiro de Deus deve ser usado nas ocasiões e nos lugares apropriados, para que seja uma bênção, e também uma lição objetiva de como Ele trabalha, de acordo com os princípios da eqüidade, justiça e retidão. Todos sois irmãos MS 165 3 Homem algum deve colocar-se como ditador, como um senhor sobre seus semelhantes, para agir de acordo com seus impulsos naturais. Jamais deve permitir-se que a voz e a influência de um só homem se tornem um poder dominante. Os que oprimem seus coobreiros em nossas instituições, e que se recusam a mudar sua maneira de tratar os auxiliares que estão sob seus cuidados, devem ser afastados. Como administradores, deveriam eles ter exercido uma influência mais elevada, nobre, em favor do direito. O terem sido investidos de poder torna-lhes tanto mais necessário serem modelos de verdadeiro cristianismo. MS 165 4 Estou instruída pelo Senhor a dizer que a posição jamais comunica ao homem graça, nem o torna justo. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Alguns homens aos quais se confiaram posições de responsabilidade, alimentam a idéia de que a posição é favorável ao engrandecimento do eu. Não pense administrador algum que todas as mentes devam sujeitar-se à sua, que todas as vontades devam subordinar-se à sua vontade, e que se devam pôr de lado todos os métodos em benefício dos seus métodos. Não se pode causar maior dano a qualquer instituição, do que permitir que um homem tal continue em sua posição, depois de teste e prova adequados. E um pecado contra Deus permitir que despenseiros infiéis, continuem em posições de confiança; pois o povo do Senhor está sujeito a se extraviar por sua infidelidade. -- Manuscrito 154, 1902. Disposição de pedir conselho MS 166 1 Ninguém, em uma instituição, nem mesmo o superintendente, deve considerar-se livre para seguir o seu próprio julgamento em todas as coisas. Não pense ninguém que sabe tanto que não necessita mais aprender. A menos que estejamos sempre aprendendo de Cristo, e a não ser que estejamos desejosos de aceitar conselho e advertência de nossos irmãos, fracassaremos em nosso trabalho; pois nos tornaremos presunçosos, e com os presunçosos Deus não pode trabalhar. ... Prontos a discernir MS 166 2 O homem que ocupa a posição de superintendente deve ser valoroso e verdadeiro, pronto a permanecer destemidamente a favor do que sabe ser direito. Deve ser um homem pronto a discernir e discriminar, que possa tornar certo o que está errado, com o menor atrito possível. Uma falta de discernimento, uma falha em raciocinar da causa para o efeito, traz muitas vezes sobre nossas instituições um estado de coisas muito desagradável a Deus. -- Carta 30, 1887. Dívidas desnecessárias MS 166 3 Devo dizer a todos os administradores de nossos sanatórios: Não se façam grandes dívidas. Não deis nenhum passo desnecessário. Ponde de lado vosso desejo de equipamento imediato. Seja feito o melhor uso possível de um aparelhamento menos elaborado, de preferência a aumentar a dívida. Tudo que é necessário pode ser obtido a seu tempo, mas não é preciso adquirir de imediato todos os móveis e aparelhos. Seja a norma de ação o bom senso, o pensamento calmo e o cálculo sábio. Caso o sucesso acompanhe as nossas instituições estabelecidas para o cuidado dos enfermos, será em conseqüência de haverem os administradores passado apenas com as coisas de primeira necessidade, de preferência a acumularem dívidas. MS 166 4 O Senhor apela para que façamos uma obra em muitos lugares. Teremos sanatórios que podem ser levados avante sem envolver grandemente em dívida a nossa causa. -- Carta 140, 1906. Não com aparência exterior MS 166 5 Nossos médicos devem mostrar simplicidade cristã em toda linha de seu trabalho. Caso sejam revestidos da armadura do Céu -- a mansidão e a humildade cristãs -- serão verdadeiramente bem-sucedidos. Mas a conformidade com o mundo, para conquistar-lhe o favor e o reconhecimento, trará enfraquecimento. Não se deve fazer nenhuma concessão dessa espécie. Nossa esperança e força não dependem de aparência exterior. Os que são influenciados contra a verdade pela ausência de luxo na casa, móveis, vestuário, equipamento, mostram que são incapazes de compreender o mérito da verdade. Não são capazes de apreciar o evangelho de Cristo. Deus é desonrado quando os que estão ligados com a obra que deve preparar um povo para suportar a prova do tempo de tribulação que está diante de nós, O abandonam para seguir os estilos do mundo. ... MS 167 1 Não deveis buscar aquela popularidade que tem desviado da simplicidade de Cristo. Deus deve ser vosso Guia. Os que são cristãos permanecerão na força de Deus. Revelarão em sua vida a superioridade que Deus dá aos súditos obedientes, aos que são fiéis aos Seus mandamentos. Os que crêem na verdade jamais se envergonharão do evangelho de Jesus Cristo. Os princípios da verdade devem impregnar nossas instituições. E depois, ao virem para estas instituições, quando doentes, os que têm seguido os costumes e métodos mundanos, verão uma simplicidade que lhes fascinará os sentidos. Sentirão a presença invisível dos anjos celestiais. -- Manuscrito 172, 1899. Simplicidade no adorno MS 167 2 Os quartos mobiliados de maneira menos dispendiosa do que desejais estarão de acordo com a obra que Deus nos deu para realizarmos nestes últimos dias. Vossas idéias não são amoldadas e formadas por uma idéia verdadeiramente prática do que significa andar humildemente com Deus. Olhais para a aparência como o grande meio de vos elevardes ao sucesso. Isso é um engano. Procurais dar uma aparência que não se coaduna de modo algum com a obra que Deus nos deu para fazer, uma aparência que exigiria uma grande soma em dinheiro para manter. Não podemos consentir que as acomodações do sanatório sejam mobiliadas de conformidade com a idolatria da época, mesmo que isso traga um aumento de clientes. A influência cristã é de mais valor do que esta. MS 167 3 O desejo de aparência exterior assemelha-se a um cancro que está sempre comendo as partes vitais internas. A aparência é um tirano sem misericórdia. Precisais precaver-vos contra vossa inclinação para a ostentação e o divertimento. É erro supordes que mantendo a aparência conseguireis mais pacientes e conseqüentemente mais meios. Os resultados maléficos de semelhante procedimento ainda não apareceram para vós; contudo, aparecerão, se vos não precaverdes. ... O caminho de Deus é o melhor MS 168 1 Deus olha não para a aparência, mas para o coração. Devem-se dar passos acertados. Coisa alguma deve ser investida de maneira extravagante. Não em virtude de querermos exaltar-nos a nós mesmos é que estamos procurando construir um sanatório, mas porque desejamos honrar a Deus e apresentar a verdade de maneira adequada, a qual tem sido mal representada. Nessa instituição nossos princípios religiosos específicos devem ser engrandecidos e exaltados. Jamais devem eles ser ocultados. MS 168 2 O caminho do Senhor é sempre o melhor caminho. Estamos seguros quando seguimos Aquele que diz: "Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração." Se Cristo, a Majestade do Céu, é manso e humilde, quanto mais não devemos ser, nós que estamos sob a sentença de morte, pela desobediência. A influência de nossos médicos no sanatório deve ser de molde a encorajar a mansidão e a humildade. Os homens não devem ser exaltados como grandes e maravilhosos. E Deus quem deve ser engrandecido. -- Carta 51, 1900. O ministério das provações MS 168 3 Na experiência cristã, o Senhor permite que provações de várias espécies qualifiquem a homens e mulheres para uma espécie de vida superior e para um serviço mais santo. Sem essas provações haveria uma decadência contínua em direção oposta à semelhança de Cristo, e os homens se tornariam imbuídos de um espírito de filosofia humana, científica e fantasiosa, o qual os levaria a se unirem com os seguidores de Satanás. MS 168 4 Na providência de Deus, todo bom e grande empreendimento está sujeito a provas, para testar a pureza e a força dos princípios dos que estão colocados em posições de responsabilidade e para amoldar e fortalecer o caráter humano do indivíduo à semelhança do modelo de Deus. Essa é a mais elevada espécie de educação. MS 168 5 Em tempos de suprema prova, obtém-se a perfeição do caráter por meio do exercício das faculdades da mente, pela obediência a cada preceito da lei de Deus. Os homens que se acham em posições de confiança devem ser instrumentos nas mãos de Deus para promover Sua glória; e ao desempenharem seus deveres com a máxima fidelidade podem adquirir a perfeição do caráter. -- Manuscrito 85, 1906. Necessários homens de discernimento MS 169 1 "Chegastes", disse nosso Instrutor, "a um importante lugar na história de nossa obra. Quem será escolhido para desempenhar responsabilidades no sanatório no início dessa obra? Nenhum erro deve ser cometido nesse particular. Não devem ser colocados em posições de confiança homens que não foram experimentados e provados. Escolham-se homens e mulheres que compreendam a vontade do Senhor -- homens que possam discernir a obra que precisa ser feita, e a façam devotadamente, a fim de que as faltas e erros do passado não sejam repetidos." MS 169 2 "Aquele que é colocado na posição de administrador de negócios", disse Ele, "deve diariamente ser dirigido pelo Senhor. Ele ocupa um lugar muito importante e deve possuir as qualificações necessárias para a obra. Cumpre-lhe ter dignidade e conhecimento, combinados com um claro senso de como exercer sua autoridade. Cristo deve revelar-Se em sua vida. Deve ele ser um homem que possa dar instrução religiosa e exercer influência espiritual. É-lhe dever saber como lidar com as mentes, e permitir que sua própria mente seja controlada pelo Espírito. A sabedoria deve brotar-lhe dos lábios em palavras de incentivo a todos com quem se acha relacionado. Cumpre-lhe saber como discernir e corrigir os erros. Deve ser um homem que se harmonize com seus coobreiros, homem que possua adaptabilidade. Deve ser capaz de falar dos diferentes pontos de nossa fé quando a ocasião exigir. Suas palavras e atos devem revelar justiça, juízo e o amor de Deus." MS 169 3 Aquele que da coluna de nuvem deu instrução aos israelitas, e os levou através do deserto à Terra Prometida, é nosso Guia hoje. Estamos sob a orientação divina, e, se formos obedientes aos mandamentos de Deus, estaremos em perfeita segurança e receberemos sinais distintos do Seu favor. -- Carta 325, 1904. Preços módicos MS 169 4 Em nossas instituições deve-se tomar providência para todas as classes. O Senhor não pede que nosso povo estabeleça instituições onde todos os que vêm possam receber alimentação e hospedagem gratuitas, e onde não se possam introduzir os pontos principais de nossa fé. O Senhor não confiou essa obra a nenhum adventista do sétimo dia. Fazer isto seria mau uso do tempo e dos meios. MS 170 1 A acomodação e o tratamento devem ser tais que pacientes das classes elevadas sejam atraídos. Devem ser preparados quartos para o uso dos que desejam pagar um preço liberal. Os médicos não devem, porém, dispensar consideração elevada demais aos pacientes ricos, que podem pagar preços altos; nem deve haver gasto extravagante de meios, com vistas a conseguir clientela. Os preços para tratamento e acomodações não devem ser tão elevados que haja relutância em manter a alimentação simples e saudável, essencial à saúde. Pedi um preço razoável pelo tratamento dispensado. Essa conduta se recomendará a si mesma para com todos os espíritos sensatos. MS 170 2 Pôr os vossos preços acima do que é verdadeiro e honesto, pode estar de acordo com o costume dos médicos do mundo, mas não redunda em glória para Deus. Não é plano Seu, e não obterá Sua aprovação. Exercerá uma influência desfavorável sobre o mundo. A cobrança de preços tão altos trará uma reação, e exercerá uma influência completamente diferente da esperada. Jamais devem ser cobrados preços exorbitantes. Requer-se uma mudança MS 170 3 Estou comissionada a falar a todos os que estão empenhados como médicos em nossas instituições. Requer-se uma reforma no que diz respeito à administração dessas instituições. Estas não devem ser dirigidas como o mundo as dirigiria. Enquanto muitos que não podem pagar são tratados gratuitamente, cobram-se de outros preços exorbitantes por operações que tomam apenas pouco tempo. Os preços dos médicos mundanos não devem servir de norma para nossas instituições. ... MS 170 4 Têm sido dados, sobre estes pontos, advertências e avisos da parte do Senhor. Ele não favorecerá a fraude em aspecto algum de nossas transações comerciais. A profissão médica em geral apresenta quantidade de exigências injustas; mas imitaremos seu pecado? Somos reformadores. Espera-se de nós que busquemos uma conduta que represente o caráter da humanidade perfeita, o puro e elevado caráter de Cristo. Quando isto é verdadeiro a nosso respeito, um propósito bem estabelecido de rigorosa integridade nas mínimas coisas será por nós mantido nas maiores responsabilidades. Corações santos sempre revelarão princípios santos. -- Manuscrito 169, 1899. A um administrador inexperiente MS 171 1 Deves colocar-te sempre na posição daquele com quem lidas, e ver como te sentirias sob circunstâncias semelhantes; depois age como quererias que os outros agissem para contigo, a fim de que nenhuma sombra seja lançada sobre a preciosa causa da verdade. Ela não deve ser reprovada pelo desejo de ganhar uns poucos dólares ou centavos. Jamais se dê ocasião a que qualquer pessoa diga que os adventistas do sétimo dia sempre cometem ações baixas. O desdém será o que eles colherão. Sejam todas as nossas transações comerciais colocadas sob uma luz pura e não empanada, perante o mundo e diante dos de nossa fé. Não seja a tua maneira de agir do tipo que requer explicações a fim de fazê-la aparecer, seja como for, sob uma luz favorável. MS 171 2 Que todos vejam esta instituição permanecer como uma instituição destinada a promover a felicidade e o bem-estar de nossos semelhantes. Melhor, muito melhor, é sujeitar-se a alguma inconveniência e a perdas, do que se tornar mercenário e despertar sentimentos de ódio, e deixar nas mentes a desagradável impressão de que se tirou vantagem delas e que foram enganadas, e vão embora revoltadas com a instituição. Os princípios e a moral da instituição devem sempre, em todas as relações, para com crentes e descrentes, ser governados por princípios generosos e bem definidos de nobreza e consideração, especialmente para com os que estão sofrendo aflições. -- Carta 26, 1888. Consideração por um operário ferido MS 171 3 Quando alguém dentre nós é ferido em seu trabalho, como aconteceu algum tempo atrás, tratai com ele como gostaríeis de ser tratados em circunstâncias semelhantes. Mostrai simpatia cristã. Essa é a maneira de tratar de Deus. Qualquer coisa menos do que isso não é verdadeira justiça e nobreza. MS 171 4 Dever-se-ia ter revelado cuidado especial ao lidar com o ferido, pois era descrente. Tendes razão de agradecer a vosso Pai celestial por haver a vida dele sido poupada. MS 171 5 Caso a pessoa ferida deva ser levada para o sanatório, a cobrança feita por seu tratamento deve ser suave, se é que se deva cobrar alguma coisa. E se deve considerar também se a a justiça não exige que seu salário seja pago durante o tempo que permaneça afastada do seu trabalho por causa do acidente. MS 172 1 Em caso algum se deve tirar vantagem de qualquer operário; pois todas as coisas estão patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar. Ele exige que a integridade seja acariciada na alma e revelada na vida. -- Carta 58, 1902. Sede bondosos para os humildes MS 172 2 O desejo de seguir a vontade própria, contrária ao juízo dos coobreiros, não deve encontrar lugar em nossas instituições. "Todos sois irmãos." Deve-se revelar um sentimento de amor e ternura. Em nossos sanatórios, e em qualquer instituição, palavras bondosas, semblante agradável, maneiras condescendentes, são de grande valor. Há um encanto no trato dos homens verdadeiramente corteses. Que poder para o bem não exercem as pequenas condescendências em nossas transações comerciais! Quão restauradora e enaltecedora não é a influência de semelhante trato, com homens pobres e deprimidos, abatidos pelas enfermidades e a pobreza! Negar-lhes-emos o bálsamo que semelhante trato proporciona?... MS 172 3 Os que se acham em posição de responsabilidade terão que lidar com aqueles cuja sorte está longe de ser fácil. Labuta e privação, sem nenhuma esperança de coisas melhores no futuro, torna-lhes extremamente pesado o fardo. E quando são acrescentados o sofrimento e a doença, a carga torna-se quase maior do que suas forças lhes permitem levar. Não usem, os despenseiros de Deus, de aspereza em seu trato com tais pessoas. Isto seria a própria crueldade. Vistam-se eles da cortesia como de um manto. Sejam bondosos e conciliatórios em seu trato com os mais humildes e mais pobres. Deus verá e recompensará esse tratamento. -- Carta 30, 1887. Deve-se preservar a santa dignidade MS 172 4 Fui instruída quanto a deverem nossos sanatórios ser limpados e purificados daquelas pessoas cuja conduta é um descrédito ao trabalho sagrado de nosso sanatório. Nossas instituições de saúde devem preservar uma dignidade santa. Não sejam empregados aí auxiliares que não tenham um senso da verdadeira dignidade. Empregai os que dão provas de que estão trabalhando para alcançar a norma da perfeição, aqueles em cuja vida se vêem os sinais da semelhança divina. MS 173 1 Deve-se exercer grande cuidado na escolha de homens e mulheres como instrutores em nossos sanatórios. Não devem eles ser apenas dos que podem falar inteligentemente sobre questões científicas, mas homens e mulheres que tenham aprendido a estar sob a orientação do Espírito de Deus, e que obedeçam às instruções de Cristo. Devem ser capazes de dar conselhos sábios de maneira bondosa e inteligente. Atritos e repreensões não beneficiam, mas palavras simples, faladas em um espírito bondoso, produzirão duradouros resultados para o bem. O Senhor auxiliará a todos que verdadeiramente desejam aprender dEle. MS 173 2 Não se podem causar impressões corretas nos doentes quando os que compõem a família de auxiliares do sanatório são desagradáveis ou grosseiros nas maneiras, ou nutrem um espírito de frivolidade, ou estão sujeitos a caprichos ciumentos. Tais obreiros não devem ser mantidos em nossas instituições, pois o inimigo está sempre pronto para agir sobre mentes assim, e através de sua influência desviar as almas de Cristo. Muito melhor seria pagar salários mais elevados e ter auxiliares bons e cônscios em nossas instituições, do que aceitar aqueles a quem não podeis disciplinar e preparar. A influência de um belo caráter MS 173 3 A disposição agradável, o caráter belo, o Senhor usará para trazer bênção para os enfermos. As verdades da Palavra de Deus possuem um poder santificador, transformador. Se recebidas no coração e mantidas na vida, provar-se-ão um cheiro de vida para vida. Sejam os que se empregam em nossas instituições tais, que a luz da verdade brilhe em suas palavras e ações diárias. Somente a tais pode Cristo aceitar como cooperadores Seus. MS 173 4 Escrevo assim decididamente para que todos compreendam a importância de erradicar as influências más de nossos sanatórios, que são estabelecidos com o propósito de trazer saúde e bênção aos seres humanos que sofrem, enfermos da mente e do corpo. -- Manuscrito 69, 1909. Necessários obreiros experientes MS 173 5 Não constitui a maneira de agir mais sábia ligar com nossos sanatórios tantos inexperientes, que vêm como aprendizes, enquanto há falta de obreiros experientes e eficientes. Necessitamos de mais enfermeiras-chefes, e de homens de princípios sadios e sólidos -- homens verdadeiros, que temam a Deus e que possam assumir responsabilidades de maneira sábia. Alguns podem vir e se oferecer para trabalhar por salários mais baixos, porque se sentem bem em estar num sanatório, ou porque desejam aprender; não constitui verdadeira economia, porém, prover grandemente uma instituição de auxiliares inexperientes. MS 174 1 Caso as pessoas certas estejam ligadas com nossos sanatórios, e humilhem todos o coração diante de Deus, embora haja uma pesada dívida sobre a instituição, o Senhor operará de tal maneira que o débito será diminuído, e almas se converterão à verdade, porque vêem que os obreiros estão seguindo no caminho do Senhor e guardando os Seus mandamentos. -- Manuscrito 57, 1909. Inteiramente devotados a Deus MS 174 2 Estou muito ansiosa de que todos os que estão ligados com os nossos sanatórios sejam homens cuja vida seja inteiramente devotada a Deus, livre de todas as más obras. Alguns há que parecem ter perdido todo o senso do caráter sagrado de nossas instituições e o propósito para o qual foram elas estabelecidas. Um grande temor se tem apoderado de minha mente quanto a quais serão os resultados dessa falta de espiritualidade e claro discernimento. Há grande necessidade de lealdade ao princípio. O Senhor chama para trabalharem em nossos sanatórios a jovens que não se rendam à tentação. A vida das pessoas jovens ligadas com os nossos sanatórios deve ser de tal forma que exerça um poder convincente e transformador sobre os que não receberam a mensagem para este tempo. MS 174 3 Nossos sanatórios devem ser dirigidos de tal maneira que Deus seja honrado e glorificado. Eles não devem tornar-se uma armadilha. Todavia, a não ser que os instrumentos humanos estejam sob a guia do Espírito Santo, o inimigo os usará para levar avante seus planos para o impedimento da causa de Deus e para a destruição da própria alma deles. Muitos já perderam o seu primeiro amor pelas grandes e importantes verdades da Bíblia atinentes à segunda vinda de Cristo. -- Manuscrito 63, 1908. A escolha de obreiros MS 174 4 Deve-se ter grande cuidado ao escolher pessoas jovens para trabalhar em nossos sanatórios. Os que não possuem na alma o amor da verdade não devem ser escolhidos. Os doentes necessitam que se lhes digam palavras sábias. A influência de cada obreiro deve exercer sobre as mentes uma impressão em favor da religião de Cristo Jesus. Tem sido dado esclarecimento quanto a deverem ser escolhidas para se ligarem com nossos sanatórios, pessoas jovens que deram provas de terem sido aptas aprendizes na escola de Cristo. -- Carta 59, 1905. Sanatórios e educação MS 175 1 Todo sanatório estabelecido pelos adventistas do sétimo dia deve ser dirigido em linhas educacionais. E deve promover constantemente ramos de trabalho mais elevado. Os que ocupam posições de responsabilidade devem lembrar-se da influência que suas palavras e atos exercem sobre os que com eles se acham ligados. Devem trabalhar em favor da saúde espiritual e física dos que são trazidos em contato com a instituição. Deve-se fazer uma obra muito mais elevada, neste sentido, do que tem sido feita até agora. MS 175 2 Os que ocupam posições de responsabilidade num sanatório, quer como gerente, quer como enfermeira-chefe, devem sentir a importância da responsabilidade que sobre eles repousa de prepararem os que estão a seu cargo para realizarem sua obra completa e rapidamente. Caso sejam verdadeiros cristãos, esforçar-se-ão zelosamente para obter os melhores resultados para o bem presente e eterno dos aprendizes. Não trairão sagrados encargos introduzindo em sua instrução sentimentos pessoais que não estejam em harmonia com o ensino da Palavra de Deus. MS 175 3 Os que assumem o encargo desse trabalho devem primeiro adquirir semelhança com Cristo. Cumpre-lhes aprender diariamente na escola de Cristo. Então obterão sabedoria para saber como lidar com as mentes humanas. Saberão como levar de estágio em estágio do verdadeiro conhecimento os que vão à instituição preparar-se para serem úteis no serviço de Deus. Devem ser escolas de preparo MS 175 4 Todas as nossas instituições devem ser escolas de preparo. Isto é verdadeiro especialmente no que se refere aos nossos sanatórios. Conselhos sábios devem ser dados à juventude. Deve-se-lhes requerer asseio e exatidão. Cumpre ensinar-lhes a tornar seus movimentos tão rápidos quanto possível, quando trabalham. A lentidão deve ser tratada como uma doença que importa seja curada. MS 175 5 Toda instituição deve ter administradores sábios sobre o trabalho interno e o externo, para que os auxiliares sejam preparados para acautelar-se contra hábitos de lerdeza e indolência. A enfermeira-chefe deve escolher dentre as que lhes estão subordinadas, as que podem ajudá-la a ensinar as auxiliares a fazerem o seu trabalho com limpeza e exatidão. Jamais se deve estimular a lentidão. Todas devem procurar trabalhar rapidamente e ao mesmo tempo com asseio e desvelo. MS 176 1 À enfermeira-chefe cabe demonstrar um cuidado maternal para com as moças de que está encarregada. Cumpre-lhe mostrar a estas a sabedoria de economizarem cada mês uma parte do seu salário, entregando-a aos cuidados de mãos fiéis. Cabe-lhe encorajá-las na limpeza do vestuário, ensinando-lhes que suas roupas devem ser ao mesmo tempo asseadas e decentes. É seu dever desestimular a vaidade e a extravagância de qualquer espécie. A eliminação de desperdício MS 176 2 Aquele que está encarregado das finanças deve estudar quanto pode economizar, em lugar de quanto pode gastar. Todo gasto desnecessário deve ser cortado. Compreendam os auxiliares que o consumo não deve exceder à produção. Desperdiçar em um sanatório é assunto sério. Há tantos que têm que ver com os diferentes ramos da obra, e é muito necessário que eles compreendam a necessidade de economia. A economia é uma ciência muito valiosa. Muitos desperdiçam muito por deixarem de economizar as sobras e os restos. Em muitas famílias, desperdiça-se tanto quanto bastaria para sustentar uma família pequena. Todas estas coisas estão incluídas na educação a ser dada em nossos sanatórios. MS 176 3 O dinheiro é um tesouro necessário; não seja esbanjado com os que dele não necessitam. Alguém precisa das vossas dádivas voluntárias. Demasiadas vezes os que têm meios deixam de considerar quantos no mundo estão famintos, a perecer de fome. Eles podem dizer: "Não posso alimentar a todos eles." Contudo, ao praticardes as lições de Cristo sobre economia, podeis alimentar um deles. Pode ser que possais alimentar a muitos que estão com fome de alimento temporal. E podeis alimentar-lhes a alma com o pão da vida. "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca." Estas palavras foram pronunciadas por Alguém que tinha todos os recursos do Universo às Suas ordens; por meio do Seu poder que opera maravilhas supriu Ele de alimento a milhares; todavia não deixou de ensinar uma lição de economia. O espírito de serviço alegre MS 176 4 Os obreiros de nossos sanatórios devem ser preparados para a obra para a qual melhor se adaptam. Quando, porém, surge uma emergência, e é necessário auxílio, nenhum obreiro deve dizer: Esse não é meu trabalho. O auxiliar que tem a idéia de que deve fazer apenas a obra que lhe é designada, e nada mais; que não sente nenhuma responsabilidade de ajudar onde e quando quer que seja necessário auxílio, deve sem tardar tirar da mente essa idéia. Jamais deve achar que se pratica uma injustiça contra ele se, em uma emergência, é solicitado a fazer trabalho extraordinário. Ao ser necessária ajuda extra, auxiliem os obreiros de boa vontade, em mansidão cristã, e receberão uma bênção. MS 177 1 Pode ser que alguns se rebelem quando se lhes pede que realizem pequenos deveres comuns. Estes, porém, são os deveres que eles precisam saber desempenhar. E a fidelidade nas pequeninas coisas que nos prepara para a utilidade nas responsabilidades maiores. Os obreiros mais bem-sucedidos são aqueles que aceitam alegremente a obra de servir a Deus nas pequeninas coisas. Cada ser humano deve colaborar com o fio de sua vida, entrelaçando-o no tecido, para ajudar a completar o modelo. Os que desejam ser úteis podem sempre encontrar colocação. O tempo jamais custará a passar em suas mãos. ... MS 177 2 Ninguém deve passar seu tempo desejando fazer o impossível, esquecido dos deveres diários comuns, no interesse de fazer alguma coisa de vulto. Lance após lance, desde o mais baixo, deve a escada ser galgada -- pode ser por esforço penoso. Todavia, o sucesso vem com o diligente esforço, e o progresso feito é de grande valor para o zeloso lutador em busca da vitória. ... MS 177 3 Por seus atos, os que estão ligados com as nossas instituições dão prova do valor ou desvalor de seu raciocínio. Os que entram para o serviço da instituição com um espírito de relutância em ajudar, que desempenham os deveres que lhes são designados com um sentimento de compulsão, em mal-humorada submissão, que agem como se quisessem escapar alegremente da servidão dos indispensáveis deveres diários que alguém deve desempenhar, são de muito pouco proveito para a instituição. Uma obediência formal pode ocultar o fogo lento da rebelião, mas está pronta a manifestar-se a qualquer momento contra as restrições. No serviço de tais pessoas não existe paz, nem luz, nem amor. A atmosfera que lhes circunda a alma não é fragrante. A influência de suas palavras é por outros sentida, e essa influência é um dano mesmo para os que estão procurando fazer o melhor possível em qualquer posição em que são colocados. A lamúria é destruidora para o caráter dos que a nutrem, e exerce uma influência que arruína a felicidade de outros. Paciência ao lidar com os que erram MS 178 1 Aqueles que têm sob seu encargo tais pessoas não devem em caso algum irritar-se ou censurar. Não devem dar margem à impaciência nem perder o domínio próprio. Falem com eles em particular, dizendo-lhes que tais atitudes não podem ser permitidas, que seu espírito deve ser mudado. Dizei-lhes que habituarem-se a pensar que necessitam de simpatia é a coisa mais tola que podem fazer. Orai com eles; em seguida indicai-lhes o seu dever, como Deus nos indica os nossos deveres. Ele deu a cada homem a sua obra, de acordo com as suas várias habilidades. MS 178 2 Se, depois de terem sido inteira e pacientemente experimentados, esses jovens não realizarem nenhuma mudança, deve ser-lhes dito claramente que não podem ser mantidos na instituição. Seja o seu lugar dado aos que não serão um fardo desse tipo para a instituição. ... MS 178 3 Não deve haver nenhuma escravidão. O serviço de todos deve ser alegre e voluntário. Mas os que preparam os jovens de nossas instituições têm uma desvantagem contra si. Muitos há que receberam no lar um preparo imperfeito. Muitas vezes a mãe se torna escrava dos filhos e, em assim fazendo, negligencia sua obra mais importante -- o preparo dos filhos para cuidarem de si mesmos, seguirem hábitos de limpeza, ordem e exatidão nas pequeninas coisas da vida. ... MS 178 4 Ao atingirem esses filhos a idade de assumir responsabilidade e exercerem cuidado, são insubordinados e indisciplinados. Pode ser que desejem entrar em um de nossos sanatórios para fazer um curso de enfermagem. Eles vão, mas os defeitos da educação doméstica tornam sua permanência na instituição desagradável para si mesmos e para os que estão encarregados de sua instrução. Dominar a negligência paterna MS 178 5 Não haja na instituição nenhuma continuação dos mimos excessivos recebidos no lar. Nenhuma esperança haverá para esses pobres jovens -- injustiçados desde a infância por néscia imprudência -- se os métodos seguidos no lar forem postos em prática na instituição. Sejam eles sábia e bondosamente disciplinados, e ao se verificar que estão procurando desenvolver-se, procurando tornar-se o que devem ser, sejam-lhes dirigidas palavras de incentivo. Compreendam, porém, claramente, que não podem continuar na instituição a conduta de agradar-se a si mesmos, que seguiam no lar. Se eles estiverem dispostos a começar no início, se estiverem determinados a vencer cada problema, desenvolver-se-ão. ... MS 179 1 A negligência de seus pais tornou-lhes o preparo muito mais difícil do que teria sido em outras circunstâncias. Não passeis por alto qualquer serviço negligenciado; não os condeneis, porém, não censureis. Isso não superará a dificuldade, mas os embaraçará e desanimará. Da maneira mais bondosa, dizei-lhes que a negligência do passado deve ser remediada, do contrário eles não poderão continuar na instituição. Deve-se mostrar a necessidade de uma reforma. Cumpre incentivá-los a corrigir os hábitos errados e formarem hábitos corretos. MS 179 2 Os que simpatizam com alguém que está causando grande perplexidade por falta de determinação para remediar os defeitos de seu preparo, necessitam de que se trabalhe com eles. Mostrai-lhes que é seu dever ajudar aqueles que têm tanto que vencer. Os que se acham em posição de responsabilidade em uma instituição, podem prejudicar um moço ou uma moça por toda vida, por simpatizarem indevidamente com eles, a mimá-los e dar atenção a suas queixas. Os que isto fazem mostram que eles próprios precisam reformar-se antes de estarem preparados para assumir o sábio encargo de um sanatório ou de qualquer outra instituição na qual os jovens estão recebendo preparo. MS 179 3 Esse é um dos ramos da obra médico-missionária que deve ser desempenhado em nossos sanatórios. E oh! quão cuidadosos devem ser os que estão encarregados, para não cometerem nenhum erro! Os que dão conselho errado, enquanto ocupam posição de confiança, estão tornando sem efeito a obra do Senhor Jesus. Responsabilidades dos dirigentes MS 179 4 Oh! que trabalho se acha diante daqueles que estão em posições de responsabilidade em nossas instituições! Uma grande obra deve ser realizada. Há pesadas responsabilidades a serem assumidas, e estas devem ser desempenhadas por homens que possuam experiência viva nas coisas de Deus, que dia a dia O busquem de todo o coração. Solenes são as obrigações que repousam sobre os médicos e os diretores de nossos sanatórios. Cumpre-lhes dar um exemplo digno de sua profissão de fé na verdade. ... MS 179 5 Desejaria, se possível, impressionar a mente de nossos médicos e diretores com a importância de mostrarem uma imagem tão perfeita e exata de Deus que o mundo O visse em Sua beleza. Desejo que eles sejam tão cheios do Espírito que nEle habitava que os costumes mundanos nenhum poder tenham de desviar-lhes a mente da obra de apresentar aos homens as grandes e maravilhosas possibilidades que se acham diante de cada alma que recebe a Cristo e nEle crê. -- Manuscrito 27, 1902. Gentileza e disciplina MS 180 1 Em vosso disciplinar, não ponhais nem uma partícula de rispidez. Não imponhais aos jovens ordens rígidas, que por vezes os levam a julgar que têm de fazer, e farão aquilo que são ordenados a não fazer. Quando dais advertência ou repreensão aos jovens, fazei-o como a alguém que neles têm interesse especial. Que eles vejam que tendes o sincero desejo de que eles tenham um bom relatório nos livros do Céu. MS 180 2 Pelas palavras e as obras desta vida, decide-se o destino eterno de todos; sede bastante cuidadosos, pois, para não atirar uma alma tentada no campo de batalha do inimigo. Não provoqueis os jovens à ira. Não estimuleis neles, por meio de ordens e tratamento ásperos, o impulso para agirem precipitadamente. Muitas vezes aqueles que deviam saber como lidar com os jovens, afugentam-nos de Deus por meio de palavras e atos menos judiciosos. Deus registra esse tratamento aos jovens como um pecado contra Ele próprio. Tratai os tentados de maneira que os atraiais para vós como amigos que não desejam julgar mal nem feri-los. MS 180 3 As admoestações que Deus deu em Sua Palavra são infinitamente melhores do que quaisquer palavras de reprovação que possais pronunciar. Levai os jovens a ver que é para o seu bem eterno seguirem o caminho que o Senhor indicou para eles. Dizei-lhes que não devem pecar, porque isso fere o coração do Redentor. Dizei-lhes que temam o pecado, porque o salário do pecado é a morte. Com bondade e amor, procurai inspirar neles o firme propósito de cumprir todos os seus deveres para com Deus e para com os seus semelhantes. Lembrai-vos de que a experiência futura desses jovens trará o sinete do ensino que lhes tiverdes dado. MS 180 4 Ao assim procurardes educar os jovens aos vossos cuidados, estais educando-vos a vós mesmos, preparando-vos para fazer melhor obra em favor do Mestre. Efetua-se em vosso caráter uma reforma que vos torna um exemplo digno para os tentados e provados. Ao disciplinardes a outros, estais-vos disciplinando e preparando a vós mesmos. ... Esforçai-vos por exemplificar a Cristo MS 181 1 Cuidem os que se acham colocados em posições de responsabilidade para que, por meio de características defeituosas e temperamento não cristão, não trabalhem contra o plano de Deus. A glória de Deus e o bem dos seres humanos devem levar todo homem a lutar para ser um exemplo do que o homem pode tornar-se mediante a graça de Cristo. Cumpre-lhe confiar inteiramente nos méritos dAquele que Se deu a Si mesmo como oferta para que pudesse mediar entre Deus e o homem. Os esforços de todo aquele em cujo coração a obra da graça se realiza diariamente, serão um cheiro de vida para vida, para todos que se acham sob seu cuidado. Ele será bem-sucedido ao trabalhar em favor da salvação de almas prestes a perecer. Levá-las-á ao Sumo Pastor, que, unicamente, pode salvar perfeitamente a todos os que a Ele vão. MS 181 2 Os homens que guiam e instruem os ignorantes e os que estão fora do caminho, necessitam muito da paciência e do amor de Cristo. Muitas vezes sua paciência será provada; aqueles por quem trabalham parecerão vagarosos de entendimento; será difícil levá-los a agir segundo princípios corretos. A verdade deve ser levada a exercer influência sobre eles para amolecer-lhes e subjugar-lhes o coração. Os que procuram ajudá-los devem ter habilidade para levá-los a, passo a passo, compreender que eles devem rogar aos pecadores, não forçá-los, a se reconciliarem com Deus. MS 181 3 Cristo diz: Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e elas Me seguem para longe das sendas do pecado. Como Cristo agia, assim deveis agir. Com ternura e amor, procurai levar os errantes para o caminho certo. Isso reclamará grande paciência e tolerância, e a constante manifestação do amor perdoador de Cristo. Diariamente cumpre seja revelada a compaixão de Cristo. O exemplo que Ele deixou deve ser seguido. Ele tomou sobre Sua natureza sem pecado a nossa pecaminosa natureza, para saber como socorrer os que são tentados. MS 181 4 Aquele que realiza esse trabalho deve pôr nele todo o coração; pois esse é um trabalho que requer tudo o que há no homem. Aquele que o faz como uma obra que é feita por salário, cometerá falha completa. ... MS 181 5 Não é necessário levar perante o diretor tudo que precisa ser corrigido. Quando virdes um obreiro em erro, ide a ele, e falai-lhe bondosa e ternamente, demonstrando um sincero desejo de seu bem-estar. Em nove de cada dez casos o vosso esforço será coroado de êxito. Salvareis uma alma da morte, e cobrireis uma multidão de pecados. -- Carta 67, 1902. No lugar de um pai MS 182 1 Todas as nossas instituições devem ser instrumentos missionários em todo o sentido da palavra. Obra alguma deve impedir o trabalho da salvação de almas. Em cada instituição há obra médico-missionária a ser feita. Desde o gerente até o mais humilde obreiro, todos devem sentir responsabilidade para com os não convertidos do seu grupo. Cumpre-lhes envidar zelosos esforços para conquistá-los para Cristo. Como resultado desse esforço muitos serão ganhos para o Salvador e se tornarão fiéis e verdadeiros no serviço a Deus. Vida coerente e religiosa, conversação santa, integridade inabalável, exemplo piedoso -- são estes os meios utilizados por Deus para levar convicção ao coração e à consciência dos não convertidos. MS 182 2 Meus irmãos, na providência de Deus, os jovens que não aceitaram a Cristo como seu Salvador foram postos em ligação convosco, em ramos de negócios. Tendes alcançado anos de experiência na verdade. Tendes vossos próprios filhos. Devíeis saber lidar com esses jovens de maneira que os atraísseis para mais perto do Salvador. Não obstante, como o assunto me foi apresentado pelo Senhor, tendes feito pouco esforço para conquistá-los, pouco esforço para demonstrar amor e respeito para com eles. Se convertidos, esses jovens poderiam ser usados pelo Senhor em Sua obra. Mas quem dentre vós que sois muito mais idosos, muito mais experientes, tem levado sobre o coração o fardo de sua salvação? Cristo morreu para salvá-los. Tendes revelado para com eles uma ternura cristã? Falais com eles como se considerásseis que merecem a salvação, ou os repulsais? Tendes dado prova de que abrigais por eles um interesse amoroso e terno, ou tendes demonstrado, por vossa atitude para com eles, que os reputais indignos de vossa consideração? MS 182 3 Deus considera os diretores de nossas instituições responsáveis por tratarem os jovens empregados nessas instituições com cortesia, respeito e bondade paternal. Devem tratá-los como eles próprios desejam ser tratados por Cristo. Conforme o Senhor me apresentou, nosso primeiro trabalho é sermos tão bondosos para com os jovens, tão atenciosos para com seus interesses, que eles se sintam à vontade em nossa presença. MS 183 1 Tendes procurado ser abnegados, bondosos, tornar fragrantes vossas palavras e atos? Podem os que estão a vossos cuidados considerar-vos como verdadeiros cristãos? Sois pais. Perguntai a vós mesmos se gostaríeis que vossos filhos fossem tratados como tendes tratado alguns dos jovens que se acham a vossos cuidados. Segundo a luz que me foi outorgada, sei que há aqui alguns desempenhando responsabilidades, os quais, se não se converterem, jamais verão o reino do Céu. Dói-me saber que na vida prática eles não estão revelando sabedoria, fé e amor pelas almas que perecem. O tratamento que alguns jovens têm recebido tem-lhes proporcionado apenas um lampejo da amizade sincera e cordial. Eles necessitam de uma experiência inteiramente diferente da que estão recebendo em sua associação com os homens que deviam conhecer a Deus. Trato justo quanto a salários MS 183 2 Por vezes tendes animado os obreiros a pensarem que seus salários seriam aumentados, e depois tendes deixado de cumprir a promessa feita. É isto permitir que vossa luz resplandeça em boas obras? É tal serviço aceito ao Mestre? Deve essa espécie de obra continuar nas instituições de Deus, as quais foram estabelecidas para realizar uma obra em favor da salvação das almas que se acham com elas relacionados? Tendes restituição a fazer, de salários retidos pelo maior prazo possível. Não sabíeis, ao reterdes esses salários, que não estáveis fazendo como quereríeis que vos fizessem? Por que professam os homens ser cristãos, e não obstante seguem as práticas desonestas do inimigo? Ele estimulará vossa vaidade. Procurará enganar-vos, levar-vos a pensar que a conduta que estais seguindo é a melhor conduta a seguir no trato com as mentes. Estareis, porém, sem escusas ao permitirdes que ele vos engane; pois Deus indicou um caminho claro para seguirdes. ... MS 183 3 Cristo veio ao mundo buscar e salvar os perdidos. Quando acusado pelos fariseus de comer com os publicanos e pecadores, replicou Ele: "Não vim chamar os [professamente] justos, e, sim, pecadores ao arrependimento." Ele veio salvar, não destruir. As almas são muito preciosas a Seus olhos; pois pela criação e pela redenção elas Lhe pertencem. Não compreendeis que Ele vos considera responsáveis pela salvação daqueles com quem estais lidando? Sabeis que Ele requererá de vossas mãos as almas que não tendes procurado salvar? Tendes procurado exceder em astúcia o inimigo, que está constantemente buscando levar os jovens a pensar que a conduta dos descrentes é muito mais correta do que a dos que dizem crer na verdade? MS 184 1 A menos que os dirigentes acariciem o amor de Deus, seria melhor que os moços e moças não fossem trazidos para a sua esfera de influência. ... O registro celestial MS 184 2 Lembrai-vos de que dia a dia o Artista-Mestre está pintando um quadro de vosso caráter. Vossos pensamentos, palavras e atos, são transferidos para o Seu livro de registros, como os traços do rosto humano são transferidos para a tela do artista. MS 184 3 Cumpre-nos ser representantes de Cristo na Terra -- puros, bondosos, justos e misericordiosos, cheios de compaixão, que revelem desprendimento nas palavras e atos. A avareza e cobiça são vícios que Deus abomina. Elas são o resultado do egoísmo e do pecado, e arruínam toda a obra com a qual lhes é permitido misturar-se. As rudezas e asperezas de caráter são imperfeições que as Escrituras condenam decididamente como desonra a Deus. MS 184 4 "Seja a vossa vida" -- vossa disposição e hábitos -- "sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei." "Como, porém, em tudo manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra, como no saber e em todo cuidado e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta graça" -- a graça da liberalidade cristã. "Não negligencieis igualmente a prática do bem e a mútua cooperação; pois com tais sacrifícios Deus Se compraz." "Purificai-vos" MS 184 5 A palavra do Senhor aos que estão ligados com Suas instituições é: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Em todas as nossas instituições deixai que o egoísmo dê lugar ao amor e trabalho abnegados. Então o óleo dourado será vertido dos dois ramos da oliveira nos tubos de ouro, os quais se esvaziarão nos vasos preparados para recebê-los. Então a vida dos obreiros de Cristo será realmente uma revelação das verdades sagradas de Sua Palavra. MS 184 6 O temor do Senhor, o senso de Sua bondade, de Sua santidade, circundarão cada instituição. Uma atmosfera de amor e paz invadirá cada compartimento. Cada palavra pronunciada, cada trabalho realizado, exercerá uma influência que corresponde à influência do Céu. Cristo habitará na humanidade, e esta habitará em Cristo. Em todo trabalho aparecerá não o caráter de homens finitos, mas o caráter do infinito Deus. A influência divina, comunicada pelos santos anjos, impressionará as mentes trazidas em contato com os obreiros, e procederá desses obreiros, para todos os que desejarem respirá-la, uma fragrante influência. O belo padrão do caráter, trabalhado pelo poder divino, receberá luz e glória do Céu, e permanecerá diante do mundo como um testemunho, apontando para o trono do Deus vivo. MS 185 1 "Então a obra irá avante com solidez e energia dobradas. Comunicar-se-á aos obreiros uma nova eficiência em toda linha. Os homens aprenderão da reconciliação tornada necessária pelo pecado -- reconciliação trazida pelo Messias, mediante o Seu sacrifício. A última mensagem de advertência e salvação será dada com vigoroso poder. A Terra será iluminada com a glória de Deus, e nos competirá testemunhar a breve vinda de nosso Senhor e Salvador em poder e glória. -- Carta 58, 1902. ------------------------Capítulo 10 -- Oportunidades de servir nos hospitais e sanatórios Restauração por meio de reforma MS 187 1 A família humana está sofrendo por causa da transgressão das leis de Deus. Satanás está constantemente instando com os homens para que aceitem seus princípios, e dessa maneira procura tornar sem efeito a obra de Deus. Apresenta sempre o escolhido povo de Deus como pessoas enganadas. É um acusador dos irmãos, e seu poder de acusar é por ele usado constantemente contra os que praticam a justiça. Por meio de Seu povo, deseja o Senhor responder às acusações de Satanás, mostrando o resultado da obediência a princípios corretos. MS 187 2 Deseja Ele que nossas instituições de saúde permaneçam como testemunhas em favor da verdade. Cumpre-lhes caracterizar a obra que deve ser levada avante nestes últimos dias restaurando o homem por meio da reforma dos hábitos, apetites e paixões. Os adventistas do sétimo dia devem tornar-se conhecidos no mundo pelos avançados princípios da reforma da saúde que nos foi dada por Deus. MS 187 3 Maiores verdades ainda se estão revelando a este povo à medida que nos aproximamos do fim do tempo, e Deus deseja que estabeleçamos instituições por toda parte onde os que se encontram em trevas quanto às necessidades do organismo humano possam ser instruídos, a fim de que por sua vez levem outros para a luz da reforma da saúde. ... Revelar os princípios do reino de Deus MS 187 4 É desejo de Deus manifestar por meio de Seu povo os princípios do Seu reino. A fim de que na vida e no caráter revelem eles estes princípios, deseja Ele separá-los dos costumes, hábitos e práticas do mundo. Procura levá-los para junto de Si mesmo, para que possa tornar-lhes conhecida a Sua vontade. ... MS 187 5 Uma grande obra deve ser realizada, colocando diante dos homens as verdades salvadoras do evangelho. Este é o meio ordenado por Deus para barrar a maré de corrupção moral. É este o recurso por Ele usado para restaurar no homem a Sua imagem moral. É Seu remédio para a desordem universal. É o poder que conserva os homens unidos uns com os outros. MS 188 1 Apresentar estas verdades é a obra da mensagem do terceiro anjo. O Senhor deseja que a apresentação desta mensagem seja a mais elevada e maior obra realizada em nosso mundo neste tempo. Para que essa obra possa ser levada avante de modo correto, tem Ele dirigido o estabelecimento de escolas, sanatórios, casas publicadoras e outras instituições. Nessas instituições devem ser revelados os atributos de Deus, e deve-se fazer parecer mais vívidas a glória e a excelência da verdade. -- Manuscrito 166, 1899. Abrindo portas firmemente fechadas MS 188 2 Todo profissional de medicina pode ter em seu poder, por meio da fé em Cristo, um remédio do mais alto valor -- um medicamento para a alma enferma pelo pecado. O médico convertido e santificado pela verdade é registrado no Céu como cooperador de Deus, seguidor de Jesus Cristo. MS 188 3 Por intermédio da santificação da verdade torna Deus os médicos e enfermeiros habilidosos no conhecimento da maneira de tratar os doentes, e esse trabalho está abrindo as portas firmemente fechadas de muitos corações. Homens e mulheres são levados a ver e compreender a verdade necessária para salvar a alma, bem como o corpo. Esse é um elemento que caracteriza a obra para este tempo. MS 188 4 A obra médico-missionária assemelha-se à mão e ao braço direito para a mensagem do terceiro anjo, que deve ser proclamada ao mundo caído; e os médicos, diretores e obreiros de qualquer ramo, ao desempenharem fielmente a sua parte, estão fazendo a obra da mensagem. Deles o som da verdade irá para toda nação, tribo, língua e povo. Nesse trabalho os anjos do Céu têm uma parte. Despertam eles alegria e melodia espiritual no coração dos que foram libertados do sofrimento, e alegria e gratidão para com Deus brotam de muitos corações que receberam as preciosas verdades. ... Apontar a um Salvador que perdoa o pecado MS 188 5 O médico descobrirá ser para seu bem presente e eterno seguir o método do Senhor com a humanidade sofredora. A mente que Deus fez, Ele pode amoldar sem o poder do homem; contudo honra Ele aos homens pedindo-lhes que com Ele cooperem nesta grande obra. Quando o Espírito de Deus opera na mente do sofredor e este indaga pela verdade, trabalhe o médico em favor da preciosa alma como Cristo por ela trabalharia. Não lhe imponha nenhuma doutrina especial; aponte-lhe, porém, a Jesus como um Salvador que perdoa o pecado. Os anjos de Deus impressionarão a mente humana. Alguns se recusarão a ser iluminados pela luz que Ele deseja brilhe nas recâmaras da mente e no templo da alma; muitos, porém, corresponderão à luz, e será expulsa dessas mentes toda espécie de engano e erro. -- Carta 205, 1899. Com ternura e sabedoria MS 189 1 O médico que se mostra digno de ser colocado como líder em um sanatório, fará uma grande obra. Sua obra em aspectos religiosos, porém, deve ser sempre de natureza tal que o antídoto divino para o alívio das almas carregadas de pecado seja apresentado perante os pacientes. Todos os médicos devem compreender que semelhante obra deve ser feita com ternura e sabedoria. Em nossas instituições para onde se trazem doentes psíquicos para tratamento, as confortadoras palavras da verdade ditas ao aflito serão muitas vezes o meio de acalmar a mente e restaurar a paz à alma. MS 189 2 Quando o médico líder omite a parte espiritual da obra, negligencia ele seu dever, e dá um mau exemplo aos auxiliares mais jovens que estão aprendendo a fazer a obra de um médico cristão. Esses estudantes negligenciam a parte mais indispensável da obra. Temo grandemente que isto resulte em uma perda que jamais possa ser remediada. -- Carta 20, 1902. Aprender a trabalhar como ele trabalhou MS 189 3 Em todos os nossos sanatórios, cumpre que Deus seja conhecido como o Obreiro-Mestre. Tornando-se familiarizados com Sua vida, devem os médicos e auxiliares aprender a trabalhar como Ele trabalhou. Ele era a Majestade do Céu, o Rei da Glória. Vestido, porém, com a roupagem da humanidade, ocupou Ele Seu lugar à frente da raça caída. Humilhou-Se, e Se tornou obediente até a morte, e morte de cruz. Assumiu a natureza humana para tornar possível ao homem ser participante da natureza divina. MS 189 4 O médico que luta para representar a Cristo não lançará mãos de prerrogativas que o Mestre lhe não concedeu. Não procurará dominar sobre seus semelhantes. Lembrar-se-á de que é um cooperador de Deus. Por espírito, palavras e atos representará ele o Invisível. -- Manuscrito 136, 1902. Dar atenção a campanhas ganhadoras de almas MS 190 1 Há, a pesarem sobre a cabeça dos médicos-líderes de nossos sanatórios, deveres pastorais, além dos deveres puramente médicos. Cumpre-lhes dar atenção aos apelos urgentes que surgem, em prol de campanhas ganhadoras de almas. Cada jota da influência que o Senhor lhes confiou, importa seja usado em favor dEle. Nossos superintendentes médicos devem viver e trabalhar de tal maneira que possam ser reconhecidos como homens que põem sua confiança em Deus, homens que temem ao Senhor e confiam em Seu poder divino. -- Carta 158, 1909. Esforço diário na conquista de almas MS 190 2 Nossa fé nas realidades eternas é fraca, pequeno o nosso senso do dever, em vista das oportunidades que temos de indicar às almas o Salvador como sua única esperança. Não devemos ser frios e indiferentes quanto a dar remédios eficazes à cura da alma. É nosso dever tornar conhecida a verdade, não em nossa própria força, mas na fé vigorosa, na certeza e confiança que Deus nos comunica. MS 190 3 Não se deve permitir que passe nenhum dia em nossos sanatórios sem que se faça alguma coisa em favor da salvação de almas. Cumpre-nos fazer orações especiais em favor dos enfermos, tanto quando com eles, como ao estarmos deles distantes. Então ao perguntarem eles sobre o remédio para o pecado, nossa própria alma, enternecida pelo Espírito Santo, será inteiramente abrasada com o desejo de ajudá-los a entregarem o coração a Deus. ... Serviço fiel MS 190 4 Cumpre a todos os nossos enfermeiros e auxiliares aplicarem tratamento e realizarem outras espécies de serviços, de maneira tão delicada e reverente -- e não obstante tão segura, completa e alegremente -- que o sanatório se torne um porto de tranqüilidade. MS 190 5 A pessoa que trabalha em qualquer ramo do tratamento dos enfermos e dos que sofrem, em uma instituição médica, deve agir como cristão. Cumpre-lhe deixar que sua luz resplandeça em boas obras. Suas palavras devem engrandecer a nosso Senhor Jesus Cristo. Em lugar de esperar que surjam grandes oportunidades para fazer qualquer coisa, deve fazer o melhor uso dos talentos a ele confiados por Deus, a fim de que esses talentos sejam aumentados constantemente. Não pense ele que deve silenciar sobre assuntos religiosos. Onde quer que ele esteja aí está seu campo, no qual lhe cumpre representar zelosamente em palavras e atos o salvador poder da verdade. Não deve esperar para ver o que outros fazem. Ele tem sua própria personalidade, e é responsável para com Cristo, de quem é servo, por toda palavra e ato. Deve ser tão atento e fiel ao dever como se ouvisse a voz do Salvador: "Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos Céus." Um porta-voz de Deus MS 191 1 É importantíssimo sabermos como aproximar os enfermos do conforto de uma esperança obtida mediante a fé em Cristo Jesus e a aceitação de Suas promessas. Quando a consciência despertada exclama: "Senhor, tem misericórdia de mim pecador; faze-me Teu filho", estai preparados para dizer ao sofredor, aquele que era antes indiferente, que há esperança para ele, que em Jesus encontrará ele refúgio. MS 191 2 O Salvador está convidando a todos: "Olhai para Mim, e vivei. Vinde a Mim, e encontrareis descanso." Os que em mansidão e amor apresentam a esperança do evangelho às almas sofredoras tão necessitadas dessa esperança, constituem os porta-vozes dAquele que Se entregou a Si mesmo em favor de toda a humanidade, para que pudesse tornar-Se um Salvador restaurador, terno, bondoso e compassivo. Imaginem-se todos os meios para levar a efeito a salvação de almas em nossas instituições médicas. Esse é nosso trabalho. Se a obra espiritual é deixada sem fazer, nenhuma necessidade há de apelar ao nosso povo para construir estas instituições. Os que não possuem nenhum desejo ardente de salvar as almas não são os que devem ligar-se com os nossos sanatórios. -- Carta 159, 1902. Os obreiros necessários MS 191 3 O Senhor pede homens e mulheres sábios, que atuem na qualidade de enfermeiros para confortar e ajudar aos enfermos e sofredores. Mediante a ajuda desses enfermeiros, os que até então não têm mostrado nenhum interesse nas coisas religiosas, perguntarão: "Que é necessário que eu faça para salvar-me?" Os enfermos serão levados a Cristo pela paciente atenção de enfermeiros que prevêem suas necessidades, e que se curvem em oração e peçam ao grande Médico-Missionário que olhe com compaixão para os sofredores, e deixe que a influência tranqüilizadora de sua graça seja sentida e o Seu poder restaurador seja exercido. ... Vencendo a timidez nervosa MS 192 1 A timidez nervosa dos enfermos será vencida ao se familiarizarem com o intensivo interesse que o Salvador tem por toda a humanidade sofredora. Oh, a profundeza do amor de Cristo! Para redimir-nos da morte Ele morreu sobre a cruz do Calvário. MS 192 2 Tenham nossos médicos e enfermeiros sempre em mente as palavras: "Somos coobreiros de Deus." Aprenda cada médico e cada enfermeiro a como trabalhar para o alívio do sofrimento mental, bem como o físico. Neste tempo, em que o pecado é tão prevalecente e tão violentamente revelado, quão importante é que nossos sanatórios sejam dirigidos de modo que realizem o máximo de benefícios. Quão importante é que todos os obreiros nessas instituições saibam como proferir palavras oportunas aos que estão cansados e enfermos de pecado. MS 192 3 Devem os médicos e enfermeiros ser sempre bondosos e alegres, afastando toda melancolia e tristeza. Que a fé agarre a mão de Cristo para sentir o Seu toque curador. MS 192 4 Ao ministrarem nossos enfermeiros pacientemente em favor dos que estão enfermos do corpo e da alma, peçam a Deus que trabalhe pelos sofredores, a fim de que sejam levados a conhecer a Cristo e creiam que suas orações serão respondidas. Em tudo que é feito, seja revelado o amor de Cristo. -- Carta 17, 1905. Prontidão em atender a compromissos de visitas MS 192 5 Têm havido falhas na administração do sanatório. Os pacientes têm sentido que não são tratados como deviam. Visitas têm sido marcadas e não têm sido cumpridas. Falhas como essas militam grandemente contra a influência do médico. Os pacientes não são tantas vezes assim desapontados sem que se encham de amargura de alma e de mente. ... MS 192 6 Os doentes pagam o seu tratamento a fim de poderem recobrar a saúde; mas se ficam constantemente desapontados, a reputação do sanatório estará em perigo. Este mal precisa ser corrigido; a atenção que se tem prometido precisa ser dada aos pacientes, ou os médicos perdem a confiança destes em sua palavra. Se o médico-chefe não tem possibilidade de atender ao compromisso marcado, deve solicitar que o seu assistente o faça, explicando ao paciente o motivo da ausência. MS 193 1 A menos que os médicos em nossos sanatórios sejam homens de hábitos íntegros, a menos que atendam prontamente a seus deveres, seu trabalho será reprovável, e os instrumentos apontados por Deus perderão sua influência. Por uma conduta de negligência ao dever os médicos humilham o Grande Médico, de quem devem ser representantes. Horário estrito deve ser mantido com todos os pacientes, sejam eles elevados ou humildes. Nenhuma descuidosa negligência deve permitir-se por parte de qualquer enfermeiro. Sede sempre fiéis a vossa palavra, prontos em atender ao compromisso marcado, pois isto significa muito para os doentes. -- Carta 128, 1905. Prontidão e eficiência MS 193 2 Os doentes não devem ser forçados a esperar quando precisam de conselho e alívio. Jamais deve o médico negligenciar os seus pacientes. Deve ter discernimento rápido, penetrante, levando para dentro do quarto do enfermo uma atmosfera jovial. Não deve ele ser frio, reticente, ou hesitante, mas deve cultivar aquelas qualidades que exercem suavizadora influência sobre os sofredores. Eles necessitam mais do que olhares; precisam de palavras de bondade e esperança. Deve o médico estar pronto para dizer-lhes palavras tranqüilizadoras, alegres, palavras ditas com o coração e com sabedoria, mostrando que compreende os casos dos que estão sob os seus cuidados. Isto inspirará alívio e confiança, desde a primeira entrevista. MS 193 3 O médico deve ser um homem de mente pura. Se seus princípios são incorruptíveis, ele exercerá notável influência em favor do direito. Os médicos necessitam estar constantemente imbuídos do Espírito de Cristo, aprendendo lições dAquele que é o maior Mestre que o mundo já conheceu; então serão puros no pensamento, nas intenções e na ação. Não farão insinuações por palavras ou maneiras que os levem a pensamentos impuros. MS 193 4 A licenciosidade está arruinando muitas almas, e os médicos especialmente precisam vigiar e orar para que não entrem em tentação, e possam ter aquela graça que os fará exemplos de piedade e pureza. Seu trabalho está diariamente sob a rigorosa inspeção de Deus, e seu registro será acuradamente escrito no livro do Céu. MS 194 1 Os médicos em nossas instituições de saúde têm múltiplas e pesadas responsabilidades. Sua única segurança está em manter os pensamentos e os impulsos sob o controle do Grande Mestre. Eles têm áureas oportunidades de fazer o bem; podem guiar e moldar as muitas e variadas mentes com que entram em contato. Devem tomar posição ao lado de Deus. Mostrai aos homens e mulheres associados com o Instituto, quão puros e nobres eles podem se tornar; mostrai-lhes que tendes firme confiança em Deus, e que Ele é vossa Fonte de força, que estais descansando inteiramente nas promessas. Cumpri vosso dever com prontidão, enquanto pedis ajuda a vosso Pai celestial para vencer todas as fraquezas de caráter. Com a mão da fé agarrando-se ao braço do poder divino, ponde todo o vosso ser no trabalho. -- Carta 6a, 1890. O privilégio de servir MS 194 2 Aos obreiros em nossos sanatórios sou instruída a dizer: A verdade precisa ser apresentada sábia, bondosa e ternamente. No décimo quarto capítulo de S. João há preciosas lições, instruções valiosas, que devem ser apreciadas por parte de cada filho de Deus que deseje ministrar a outros o conforto e a graça de Deus. Sejam essas lições impressas na mente; sejam elas repetidas constantemente. ... MS 194 3 O Senhor nos tem colocado na posse de instituições de saúde, a fim de aprendermos a levar aos enfermos, do modo mais atrativo, verdades de origem celestial. Jamais devemos perder de vista o fato de que essas instituições são instrumentos nas mãos de Deus para levar a luz da verdade aos que estão em trevas. MS 194 4 Em Sua obra de ministrar aos enfermos e aflitos, Cristo permanece perante o mundo como o maior Médico-Missionário que já existiu, e como Modelo para todo obreiro-missionário cristão. Ele conhecia a palavra certa a ser proferida a cada sofredor, e dizia não somente o que levava cura ao corpo, mas convicção à alma e esclarecimento espiritual. Ele levava à compreensão dos que O procuravam o conhecimento de si mesmos e das mais elevadas necessidades da alma. MS 194 5 Os discursos de Cristo visavam à explanação espiritual de Seu ministério pelos enfermos. Ele mesmo era o grande ideal da justiça para aqueles por quem ministrava. Assim plantava Ele as sementes da verdade no coração humano. Oração pelos enfermos MS 195 1 Acontece não raro que ao cuidar-se dos que sofrem, dá-se muita atenção a coisas de menor importância, ao passo que as grandes verdades salvadoras do evangelho, necessárias ao paciente, e que ajudariam tanto à alma como ao corpo, são esquecidas. Quando negligenciais a oração pelos enfermos, vós os privais de grandes bênçãos; pois os anjos de Deus estão esperando ajudar a essas almas em resposta a vossas petições. De todos os modos possíveis e agradáveis, os que conhecem a verdade devem procurar revelar o poder da graça de Cristo. Ao exemplificarem a verdade em seu proceder diário e em sua diária conversação, exercerão santa influência, e a graça de Cristo cooperará com o esforço humano. Trabalhando inteligentemente para reabilitar corpo e alma dos resultados do pecado, serão fiéis coobreiros de Cristo, e serão instrumentos em Suas mãos para mostrar o Seu louvor e salvação. O amor do Salvador deve ser exemplificado MS 195 2 O exercício da sabedoria e do bom discernimento fará muito em favor de Deus. Ao cumprirem os Seus servos os requisitos do evangelho segundo sua aptidão, Deus fará deles um louvor ao Seu nome. Ele propõe que mediante a exemplificação da verdade na vida dos Seus seguidores, almas sejam ganhas para Ele. MS 195 3 Todo aquele que professa a piedade e o conhecimento da verdade para este tempo, deve comunicar os mesmos àqueles com quem se associam. Mas a plenitude do amor de um Salvador não é expressa tão decididamente como devia ser, e como resultado, em lugares onde poderia ser feita farta colheita para Deus, aí se vê carência. "Achado em falta" são palavras escritas com relação ao nome de muitos que poderiam ter feito uma obra que alcançaria a aprovação do Céu. Ha necessidade de maior medida da graça de Cristo a fim de ser unida com o esforço e capacidade humanos. MS 195 4 É propósito de Deus que nossas instituições de saúde tornem-se meios muito eficazes de levar almas à luz da verdade. Muito mais devia ser feito para incutir coragem. Somente quando fizermos o melhor que pudermos para a edificação do reino de Cristo, poderão ser ditas a nosso respeito as palavras: Bem está, servo bom e fiel. Somente ao exemplificarmos o Espírito da verdade em nossa vida, pode o Espírito de Cristo trabalhar conosco para convencer corações e converter almas ao evangelho. Ensinar e confortar MS 196 1 Cristo deseja trabalhar de muitos modos por meio de homens de Sua escolha. Cada obreiro em nossos sanatórios deve considerar-se ministro de Cristo para ensinar e confortar, e deixar que a luz brilhe em palavras e obras. Os que são abençoados com a luz da verdade devem refletir a luz. Ao tomar sobre si o nome de Cristo, comprometeram-se a tornar-se coobreiros de Deus, e um espírito de consagrado labor deve ser manifestado ao porem em execução os planos do Senhor. Devem eles ir a todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura, apresentando a beleza de Sua vida em seu próprio exemplo de fervente e abnegado labor. MS 196 2 Rogo que o Espírito Santo possa conceder Seu poder santificador aos obreiros de nossas instituições. Meus irmãos e irmãs, despertai e tornai-vos colaboradores dAquele que deu a vida para a salvação do mundo. Não devemos diminuir nossos esforços neste tempo. Cristo vos pede que trabalheis com todas as energias do coração, da alma e da mente. Se dedicardes a ajuda de vossa influência e esforços à obra de Cristo, anjos unir-se-ão convosco, fazendo de vós um poder salvador para Cristo. -- Manuscrito 57, 1912. Uma influência atrativa MS 196 3 Em vosso cuidado dos enfermos, agi terna, bondosa e fielmente, para que tenhais sobre eles uma influência convertedora. Tendes necessidade da graça de Cristo a fim de representardes convenientemente o seu serviço. E ao apresentardes a graça da verdade em serviço fiel e desinteressado, anjos estarão presentes para sustentar-vos. O Confortador estará convosco para cumprir a promessa do Salvador: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do mundo." MS 196 4 Tenho uma instrução a transmitir, uma mensagem para levar aos obreiros de nossos sanatórios. Conservai vossa alma em pureza. Fazei um trabalho que tenha uma influência atrativa sobre os que estão postos sob vosso cuidado. Podeis muitas vezes falar aos enfermos sobre o Grande Médico que pode curar as enfermidades do corpo tão certamente como cura as da alma. Orai com os enfermos, e procurai levá-los a ver em Cristo Aquele que os sara. Dizei-lhes que se olharem para ele em fé, Ele lhes dirá: "Os teus pecados são-te perdoados." Significa muito para o enfermo aprender esta lição. -- Carta 56, 1907. Enfermeiros consagrados MS 197 1 Necessita-se de jovens fervorosos e devotados que entrem como enfermeiros na obra de Deus. Ao usarem esses homens e mulheres conscienciosamente o conhecimento que obtiveram, aumentarão em capacidade e tornar-se-ão cada vez melhor qualificados para ser a mão ajudadora do Senhor. Podem tornar-se missionários bem-sucedidos, indicando às almas o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e que pode salvar tanto a alma como o corpo. MS 197 2 O Senhor deseja homens e mulheres sábios, agindo como enfermeiros, para confortar e ajudar os enfermos e sofredores. Oh! que todos os que estão aflitos pudessem receber ministração da parte de médicos e enfermeiros que sejam semelhantes a Cristo, os quais podem ajudá-los a pôr o seu corpo cansado e torturado pela dor aos cuidados do Grande Médico, dEle buscando, com fé, a restauração! Muitos convertidos e curados MS 197 3 Todo cristão sincero submete-se a Jesus como o verdadeiro Médico das almas. Quando ele se coloca junto ao leito dos enfermos, haverá muitos não apenas convertidos, mas curados. Se mediante judiciosa ajuda o paciente é levado a entregar sua alma a Cristo, e a pôr os pensamentos em obediência à vontade de Deus, uma grande vitória está ganha. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1912. ------------------------Capítulo 11 -- A família do sanatório Os cristãos devem ser portadores de luz MS 199 1 Os cristãos devem ser portadores de luz, dizendo a todos com quem são postos em contato: Segui-me, como eu sigo a Cristo. Devem ser exemplo de piedade, representando a Cristo na palavra, no espírito, na ação, em todo negócio que se relacione com seus irmãos e com estranhos. Devem mostrar que suas ações são uma cópia das ações do seu grande Modelo. Tudo isto Cristo recomenda a Seus seguidores. Devem mostrar a superioridade dos princípios do Céu sobre os princípios do mundo. -- Carta 148, 1899. Enviar luz e conhecimento MS 199 2 Em cada sanatório devem ser mantidos perante todos na instituição os princípios do verdadeiro serviço. Da instituição deve sair luz e conhecimento. Todos que estão a ela ligados devem desempenhar sua parte inteligentemente, como representantes da verdade para este tempo. É para que possam ser educados para o verdadeiro trabalho missionário que os jovens são trazidos aos nossos sanatórios. MS 199 3 Se cooperardes com Deus, Ele irá adiante de vós, e a glória do Senhor estará a vossa retaguarda. Anjos celestiais irromperão em cânticos ao receberem as almas o grande dom de Deus por meio de Jesus Cristo. Podeis assegurar aos enfermos e aflitos que Cristo é o Grande Médico. Eles podem nEle crer e confiar em Sua palavra, pois esta jamais falha. -- Carta 97, 1905. Preparando para diferentes setores de trabalho MS 199 4 Os obreiros nos sanatórios devem ser ensinados, associando-se alguns deles com a instituição, enquanto outros sairão como médicos-missionários. Estes, em qualquer setor da obra em que devam trabalhar, seja como médicos, enfermeiros ou auxiliares, devem ser firmes nos princípios da reforma de saúde e em todos os pontos de nossa fé, de modo que ao entrarem em contato com os pacientes, ou ao saírem para todo o mundo civilizado ou às regiões que jazem nas trevas do paganismo, seja-lhes dada a verdade de Deus sobre esses assuntos. Ao assumirem esses obreiros os seus deveres, a eficiência de homens e mulheres experimentados é centuplicada, e a obra para este tempo é concluída mais rapidamente. MS 200 1 Pessoas certas devem ser escolhidas e preparadas, pessoas que farão honra a cada ramo da obra. A consagração de seus talentos deve ser muito real, e então Deus abençoará os seus esforços. Ele é a fonte de toda sabedoria e graça. Em Sua força podem ser vencidos os defeitos e a ignorância. MS 200 2 Cada médico, cada enfermeiro, cada auxiliar que tenha qualquer coisa que fazer no serviço de Deus, precisa ter a perfeição como alvo, e sob a disciplina do maior Mestre que o mundo já conheceu, o seu curso deve prosseguir sempre na direção desse alvo. Todos os que estiverem associados com o trabalho médico-missionário devem ser aprendizes. Ninguém precisa deter-se para pensar: Eu não posso fazer isto. Ao contrário, deve dizer: Deus requer de mim que seja perfeito. Que disse Cristo sobre isto? "Sede pois vós perfeitos, como é perfeito vosso Pai que está no Céu." Mateus 5:45. MS 200 3 Ninguém que permita permaneçam em suas maneiras e em seu caráter defeitos conhecidos, é escusado. Os que se associam com a obra médico-missionária estão ligados ao serviço de Deus, e devem procurar alcançar Sua norma. Ele dar-lhes-á sabedoria e entendimento. Devemos mostrar superioridade no intelecto, no entendimento, na habilidade e no conhecimento, porque cremos em Deus e em Seu poder para trabalhar no coração humano. MS 200 4 Lede a história de Daniel. O Senhor queria que Seu povo alcançasse o mais alto degrau da escada, de modo que pudesse glorificá-Lo pela posse da habilidade que Ele estava disposto a conceder. Ele tem um armazém de conhecimento, do qual todos podemos tirar. Compreendamos então nossos defeitos e façamos progresso, sob a instrução de Deus. Então a luz e a graça de Deus se refletirão para o mundo como a mais elevada educação, a qual santifica o recebedor. MS 200 5 A religião de Jesus Cristo jamais degrada; nunca torna homens e mulheres ríspidos e rudes. O falar incorreto, hábitos errôneos, precisam ser vencidos. Deus gostaria que cada homem fosse correto no falar, correto nos hábitos, possuindo conhecimento que lhe dará um lugar de importância entre os homens. Eu apresento esta questão como o Senhor ma tem apresentado. Determinemo-nos a assumir nós mesmos a tarefa de aprender na escola de Cristo. O preparo de enfermeiros MS 201 1 No preparo de enfermeiros deve haver um plano organizado. Eles estão aprendendo um dos mais valiosos ofícios; e muitas tentações lhes sobrevirão por meio de ofertas de grandes salários e de lugares onde terão melhor oportunidade de ganhar dinheiro, se quiserem ir com algum paciente. Este ponto deve ser cuidado, ou haverá problemas, sem dúvida. ... MS 201 2 Cada um precisa ter o espírito de sacrifício-próprio e abnegação, do qual Cristo nos deu um exemplo em Sua vida. Devemos sentir nossa obrigação de fazer o melhor que pudermos. Tanto os que possuem muitos talentos como os que possuem poucos devem trabalhar unidos, como uma roda dentro de outra. E se todos sentirem sua responsabilidade e obrigação para com Deus, farão Sua vontade, desempenhando sua parte segundo Ele o tenha determinado. -- Manuscrito 162, 1897. Revestir-se de Cristo MS 201 3 Não há entre nós aquela simplicidade que devia haver. Devemos ir ao Senhor tais quais estamos, humilhando-nos perante Ele e lutando com fervor até recebermos o Espírito Santo. Por que não devemos fazer como os discípulos justo antes do Pentecoste? Eles buscaram ao Senhor ferventemente, e quando o dia do Pentecoste chegou, estavam todos "unânimes". Muito embora fosse a oposição dos poderes das trevas tão grande que se levantou a perseguição, a ponto de alguns serem levados à morte, os discípulos testemunharam de Cristo, e grande número se converteu. ... MS 201 4 Não quereis revestir-vos todos de Cristo, não para despedi-Lo de novo, mas para deixar que o Seu Espírito Se estampe em vossa mente e caráter? Quando todos nesta instituição estiverem verdadeiramente convertidos, far-se-á uma obra maravilhosa exatamente como quando no dia do Pentecoste os discípulos receberam o derramamento do Espírito Santo. O próprio Senhor estará convosco, para ensinar e conduzir e guiar. Vereis a salvação de Deus. Podeis ficar descoroçoados às vezes. Desencorajamentos surgirão, mas é vosso privilégio em todos os tempos lançar mão da esperança posta diante de vós no evangelho. Vigiai em oração. Crede que Deus vos ajudará a proferir palavras que alegrarão e animarão e farão aumentar a fé daqueles com quem vos associais. ... Não uma obra ocasional MS 202 1 Não podemos esperar que a bênção de Deus repouse sobre nós, se servimos a Deus como queremos, e O abandonamos como nos apraz. Não é necessário que supramos a demanda de prazeres do mundo. Há outros lugares do mundo onde as pessoas podem encontrar divertimento. Necessitamos aqui de verdadeiros homens e mulheres; necessitamos aqueles que revelem a simplicidade da verdadeira piedade. Precisamos de homens e mulheres que sejam sólidos cristãos, que não pensem que por terem tido alguma experiência devem por isto ser altamente honrados. Podeis ter rica e viva experiência aqui, mas o Senhor não pode ser por vós honrado enquanto pensais que não importa se sois ou não submissos em espírito, ou se estais ou não realmente convertidos. Se a obra aqui deve ser mantida, precisamos ter aqueles que assumam responsabilidades no temor de Deus. O preparo para o reino de Deus não é uma tarefa ocasional. Não podeis ser religiosos algumas vezes, e outras vezes irreligiosos. -- Manuscrito 57, 1909. Instrução bíblica habitual para enfermeiros MS 202 2 Devem os enfermeiros ter habitual instrução bíblica, para que sejam capazes de falar aos enfermos palavras que os iluminem e ajudem. Anjos de Deus estão nos quartos onde os sofredores devem receber tratamento, e a atmosfera que cerca a alma daquele que deve aplicar o tratamento deve ser pura e fragrante. As virtudes de Cristo devem ser vistas na vida dos médicos e enfermeiros. Seus princípios devem ser vividos. Então pelo que eles fazem e dizem, os enfermos serão atraídos para o Salvador. -- Carta 59, 1905. Depondo nossos fardos a seus pés MS 202 3 A influência da família do sanatório deve ser una, cada membro procurando tornar-se um poder para o bem no departamento onde trabalha. Para que este resultado seja alcançado, deve haver primeiro uma erradicação de todo princípio claudicante; então os obreiros podem esperar sucesso em aperfeiçoar-se como obreiros cristãos. É somente quando se colocam sob a disciplina de Deus, conformando o seu viver diário com o padrão que encontram na vida terrestre do Salvador, que podem tornar-se participantes da natureza divina, e escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Enquanto permanecermos neste mundo, estaremos sob o teste e a prova. Seremos responsabilizados não somente pela operação de nossa própria salvação, mas pela influência para o bem ou para o mal que exercermos sobre outras almas. MS 203 1 Aquele que é manso de espírito, que é mais puro e mais confiante, será tornado forte para a batalha. Ele será fortalecido com poder pelo Seu Espírito no homem interior. Aquele que sente sua fraqueza, e luta com Deus como Jacó lutou, e como este servo do passado, exclama: "Não Te deixarei ir enquanto não me abençoares", prosseguirá com a refrigerante unção do Espírito Santo. A atmosfera do Céu o circundará. Sua influência será uma força positiva em favor da religião de Cristo. ... MS 203 2 Alegro-me de que podemos ir a Deus em fé e humildade, e pleitear com Ele até que nossa alma seja levada a tão íntimo relacionamento com Jesus que podemos depositar nossos fardos a Seus pés, dizendo: "Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia". O Senhor é capaz de fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos. Nosso frio e infiel coração pode ser ativado para a sensibilidade e a vida, até que possamos dizer em fé: "A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus." Busquemos a plenitude da salvação de Cristo. Sigamos nos passos do Filho de Deus, pois a promessa é: "Aquele que Me segue, não andará em trevas, mas terá a luz da vida." -- Manuscrito 63, 1908. Na faina diária de deveres MS 203 3 O administrador de um sanatório leva importantes responsabilidades. Que os seus colaboradores, que se empenham em contínuo e duro labor nos diferentes afazeres, mantenham a alma sob exame como uma candeia acesa. Deve ser mantida a unidade de ação na diversidade de trabalho. Os obreiros devem viver a oração de Cristo, que declara: "Eu Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." MS 203 4 Leiam eles a Palavra do Senhor, para que tenham a sabedoria que é para a salvação. Os mais ricos tesouros são encontrados ao pesquisar a Palavra. Algumas mentes serão tão impressionadas a buscar esses tesouros escondidos que venderão tudo que têm a fim de comprar o campo e entrar na posse das inapreciáveis jóias de verdade. Muitas vezes os mais humildes estão na posse do tesouro escondido que podem repartir com outros. MS 204 1 As verdades da Palavra de Deus, aplicadas ao coração e postas em prática com humildade na vida diária, farão cristãos fortes na força de Jeová e felizes em Sua paz. Bondade cristã e fervorosa consagração devem ser constantemente manifestadas na vida. Nem sempre estamos empenhados em trabalhos especiais relacionados com o serviço sagrado; mas a faina diária comum de obrigações pode ser levada a cabo em Seu espírito, e tal trabalho por si mesmo se recomendará a cada homem, mesmo aos não convertidos que não conhecem a doutrina. Podemos de tal modo deixar brilhar a nossa luz em boas obras, que a verdade que estimamos seja para os incrédulos espírito e vida. -- Carta 140, 1906. Imitar os perfeitos caminhos de Deus MS 204 2 Edificai para a eternidade. As lições de Cristo estão diante de nós. Devemos fazer com cuidado, asseio e exatidão, tudo que deve ser feito. Devemos considerar a economia em todos os setores da obra. Ajuntem os construtores os fragmentos; que nada se perca. Em tudo que há para ser feito, na planificação e na construção, imitai os perfeitos caminhos de Deus. MS 204 3 Enfermeiros e médicos, pensai em Jesus. Quão cuidadoso foi com as sobras de alimento após haver alimentado os cinco mil! Por Seu criterioso cuidado Ele nos desejava ensinar ordem e economia. A grande obra da redenção pesava de contínuo sobre Sua alma. Quando estava ensinando e curando, todas as energias do corpo e da alma eram taxadas ao máximo; entretanto Ele notava as coisas mais simples da vida humana e da Natureza. Suas lições mais instrutivas eram aquelas pelas quais ilustrava o reino de Deus pelas coisas simples da Natureza. Não passava por alto as necessidades do mais humilde dos Seus servos. Seus ouvidos apanhavam cada clamor de necessidade. Ele estava desperto ao toque da mulher aflita na multidão. Sua natureza divina, combinada com a natureza humana, era tão extremamente sensível que o mínimo toque de fé trazia uma resposta. Quando Ele ressuscitou da morte a filha de Jairo, voltou-Se para os pais e lembrou-lhes que ela devia comer alguma coisa. MS 204 4 As coisas pequenas tornam-se grandes segundo a atenção que se lhes dá. O único talento não deve ser envolvido num pano e escondido na terra. Fazei pelo Mestre o que puderdes. "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito." O Mestre usará todo talento que Lhe dedicarmos. Vosso mérito é determinado pela fidelidade com que fazeis as coisas pequenas. Todos necessitam aprender nos pormenores da vida diária a construir para o momento e para a eternidade. Então será finalmente escrito diante do nome de cada um, nos livros do Céu, o mais precioso elogio: "NEle estais aperfeiçoados." -- Manuscrito 63, 1899. Sagrada responsabilidade MS 205 1 Se os que na instituição mantêm posição de confiança são pessoas que amam e temem a Deus, compreenderão que é sagrada a sua responsabilidade, em virtude da medida de autoridade e a conseqüente influência que sua posição lhes dá. Eles estão tratando com mentes humanas e são postos em contato com todas as classes da sociedade; e devem movimentar-se discretamente, pois são considerados como representantes da instituição. Devem ser bondosos e corteses, mostrando sempre polidez cristã para com todos aqueles com quem são postos em contato, tanto crentes como incrédulos. Irmãos, deveis cuidar das almas como quem tem contas a prestar. Jamais devemos esquecer que Jesus, no infinito sacrifício feito por eles, provou o Seu amor por esses homens, mulheres e crianças, e mostrou o valor que lhes atribui. Eles representam a aquisição do Seu sangue. Ricos e pobres devem ser tratados com igualdade, com bondade invariável. MS 205 2 Seja persuasiva vossa influência, unindo as pessoas ao vosso coração porque amais a Jesus, e eles Lhe pertencem. Esta é uma grande obra. Se, por vossas palavras e ações como as de Cristo, fazeis impressões que lhes despertem no coração fome e sede de justiça e de verdade, sois colaboradores de Cristo. Vossas palavras e comportamento estão representando a Jesus. MS 205 3 Os que na instituição têm influência de liderança devem ser homens e mulheres que possuam devoção e piedade, que não sejam estreitos e egoístas, mas conscienciosos, abnegados e dispostos ao sacrifício, que tenham em vista a glória de Deus. Eles devem estar no mundo, mas não ser do mundo. Homens de semelhante caráter guardarão o caminho do Senhor, e estarão sempre ensinando a outros por preceito e exemplo. Os resultados de princípios corretos MS 206 1 Diante de pacientes e hóspedes devem ser apresentados princípios corretos. Haverá homens de mente inquiridora que assim receberão a chave do conhecimento, e exporão tesouros de pensamento para o enriquecimento de outras mentes -- pensamentos que serão a salvação de almas. Circunstâncias suscitarão palavras, decisões a favor do direito, e muitos serão orientados na direção certa. Tal é sempre o resultado quando os princípios do direito são implantados na mente por homens que amam a justiça, a temperança e a verdade. Palavras e obras que fluem do amor e do temor de Deus tornam-se uma vasta bênção -- bênção que é levada aos caminhos e valados da vida. MS 206 2 Homens que, como Enoque, estão andando na luz de Cristo, exercerão domínio próprio, mesmo sob tentação e provocação. Embora provados pela perversidade e obstinação de outros, não ousarão permitir que o impulso predomine. Se estais andando na luz, dareis prova do divino poder unido ao esforço humano, e outros verão que sois guiados e ensinados por Deus. Sentireis que o Santo Vigia está ao vosso lado, tomando conhecimento de vossas palavras. MS 206 3 Pureza de pensamento precisa ser cultivada como indispensável à obra de influenciar a outros. É preciso que haja uma atmosfera pura e santa circundando a alma, atmosfera que tenda a ativar a vida espiritual de todos que a respirem. -- Carta 6a, 1890. Escolhidos para o trabalho MS 206 4 Desejo expressar-vos alguns pensamentos que devem ser mantidos perante os obreiros do sanatório. Aquilo que os fará um poder para o bem é o conhecimento de que o grande Médico-Missionário os escolheu para esta obra, que Ele é o seu principal instrutor, e que é dever deles reconhecê-Lo sempre como seu ensinador. MS 206 5 O Senhor tem-nos mostrado o mal de confiar na força de organizações terrenas. Ele nos fez saber que o encargo do médico-missionário é recebido da mais alta autoridade. Ele gostaria que compreendêssemos que é um erro considerar como muito necessária a educação dada por médicos que rejeitam a autoridade de Cristo, o maior Médico que já viveu sobre a Terra. -- Carta 61, 1910. Harmonia entre obreiros MS 207 1 É da máxima importância que exista harmonia em nossas instituições. É melhor que a obra vá coxeando do que serem empregados obreiros que não são inteiramente devotados. São os homens não consagrados, não convertidos, que têm estado a esbulhar a obra de Deus. O Senhor não tem possibilidade de utilização alguma para homens que não sejam inteiramente consagrados ao Seu serviço. -- Carta 202, 1903. Qualificações da enfermeira-chefe MS 207 2 Enfermeiros e estudantes de enfermagem devem estar sob a responsabilidade de uma enfermeira-chefe que possa guiá-los e aconselhá-los. Deve ela ser capaz de exercer sábia supervisão. É preciso que seja mulher de boa saúde, não egocêntrica, mas afetiva, altruísta, jovial, capaz de modelar as mentes, não sendo autoritária, mas bondosa e solícita, e todavia firme ao princípio. Deve esquecer-se de si mesma em seu interesse pelos outros. A simplicidade de religião sincera deve ser vista nas que fazem os trabalhos requeridos de uma enfermeira-chefe. -- Manuscrito 162, 1897. Mulher de experiência MS 207 3 Aquela que ocupa o lugar de enfermeira-chefe numa instituição deve ser mulher de experiência, que numa emergência saiba o que deve ser feito. Deve ser mulher de habilidade para dirigir, que esteja disposta a assumir encargos, e que diariamente vá a Deus em busca de sabedoria. Deve ser uma mulher que saiba o que são as regras das boas maneiras e que as observe. -- Carta 30, 1887. Exaltar a palavra de Deus MS 207 4 O Senhor reclama solene dedicação a Si dos sanatórios que forem estabelecidos. Nosso objetivo no estabelecimento dessas instituições é que a verdade para este tempo possa ser por elas proclamada. Para que isto possa ser feito, elas devem ser conduzidas do modo correto. Não devem ser introduzidos nelas interesses de negócios, que tomem o lugar de interesses espirituais. Devem-se realizar diariamente exercícios devocionais. Em nenhum caso deve dar-se à Palavra de Deus lugar secundário. Os que vêm a nossos sanatórios para tratar-se devem ver a Palavra de Deus, que é o pão da vida, exaltada acima de toda consideração comum e terrena. Forte influência religiosa deve ser exercida. Deve mostrar-se claramente que a glória de Deus e a exaltação de Cristo são colocadas antes de tudo mais. -- Carta 183, 1905. Levar conforto e encorajamento MS 208 1 Em nossos sanatórios de todas as partes do mundo, necessitamos de médicos profundamente convertidos e obreiros sábios -- homens e mulheres que não inculquem suas idéias peculiares aos enfermos, mas que apresentem as verdades da Palavra de Deus de modo que tragam conforto e encorajamento e bênção aos pacientes. Esta é a obra para a qual são estabelecidos os nossos sanatórios -- representar corretamente as verdades da Palavra de Deus, e dirigir a mente de homens e mulheres para Cristo. MS 208 2 Sejam os serviços religiosos de cada dia, curtos mas de caráter educativo. Apresentem-se a Bíblia e o seu Autor, o Deus do Céu e da Terra, e Cristo, o Filho, a grande Dádiva de Deus ao mundo. Diga-se aos pacientes como o Salvador veio à Terra para revelar o amor de Deus pelos homens. Apresente-se perante eles o Seu grande sacrifício em ter vindo aqui para viver e morrer. Torne-se conhecido que mediante a fé em Cristo todo ser humano pecador pode tornar-se um participante da natureza divina e aprender a cooperar com Deus na obra de Salvação. -- Carta 112, 1909. Consideração pelos indiferentes MS 208 3 Os que estão associados com nossos sanatórios devem ser educadores. Mediante palavras amáveis e obras de bondade devem tornar o evangelho atrativo. Como seguidores de Cristo, devem eles procurar fazer a mais favorável impressão da religião que professam, e inspirar nobres pensamentos. Alguns serão por sua influência afetados para o presente e para a eternidade. MS 208 4 Na obra de ajudar a outros, podemos alcançar vitórias muito preciosas. Devemos devotar-nos com incansável zelo, com fervente fidelidade, com abnegação e com paciência, à tarefa de ajudar os que precisam desenvolver-se. Palavras bondosas, animadoras, farão maravilhas. Muitos há que, se esforços constantes e animosos forem feitos em seu favor, sem críticas ou repreensão, mostrar-se-ão susceptíveis de progresso. Quanto menos criticarmos a outros, maior será nossa influência sobre eles para o bem. Para muitos, admoestações positivas e freqüentes farão mais mal do que bem. Seja a bondade cristã recomendada a todos. MS 209 1 Existe uma ciência no trato com os que parecem especialmente fracos. Se queremos ensinar a outros, devemos nós mesmos aprender primeiro de Cristo. Precisamos de largueza de vistas, a fim de podermos fazer verdadeira obra médico-missionária, e mostrar tino no trato com as mentes. MS 209 2 Os que realmente necessitam apenas um mínimo de ajuda, receberão provavelmente o máximo de nossa atenção. Mas precisamos mostrar especial sabedoria no trato com os que parecem inconsiderados e irrefletidos. Alguns não compreendem a santidade da obra de Deus. Os de mínima habilidade, os indiferentes e mesmo indolentes, demandam de modo especial, consideração cuidadosa, em espírito de oração. Devemos revelar tato ao tratar com os que parecem ser ignorantes e inacessíveis. Mediante perseverante esforço em seu favor, devemos ajudá-los a se tornarem úteis na obra do Senhor. Eles responderão prontamente ao interesse paciente, terno e amorável. MS 209 3 Devemos cooperar com o Senhor Jesus na restauração do ineficiente e o erradio, à inteligência e à pureza. Esta obra se iguala em importância com a obra do ministério evangélico. Somos convocados por Deus para manifestar incansável e paciente interesse na salvação dos que precisam de divino polimento. -- Carta 113, 1905. Tratando com os irrazoáveis MS 209 4 Quando esbarras elementos manifestos por aqueles que não possuem a religião bíblica, mas apenas uma profissão, não te esqueças de que és cristão. Rebaixas muito a tua influência e manchas tua própria vida cristã quando perdes o domínio próprio e lhes dás a mínima ocasião de pensar que os maltrataste. Não produzas essa impressão na mente deles, se for possível evitá-lo. Neste tempo de graça estamos formando nosso caráter para a vida futura e imortal; isto, porém, não é tudo, pois nesse mesmo processo de formação do caráter, devemos ser extremamente cautelosos quanto a como construímos, pois outros construirão segundo o modelo que lhes deixamos. MS 209 5 Talvez nunca saberemos, até o juízo, a influência de uma conduta bondosa e considerada sobre o incoerente, o irrazoável e indigno. Se, após um comportamento de provocação e injustiça da parte deles, ainda os tratas como o farias a uma pessoa inocente, e mesmo te dás ao trabalho de mostrar-lhes especiais atos de bondade, terás então desempenhado a parte de um cristão; e eles ficarão surpresos e envergonhados, e verão sua conduta e mesquinhez mais claramente do que se de modo específico expusesses seus atos agressivos para repreendê-los. MS 210 1 Se tivesses exposto perante eles o seu proceder errôneo, ter-se-iam fechado em obstinação e desafio. Mas, ao ser tratados com bondade e consideração, eles sentem de modo mais profundo o seu comportamento e contrastam-no com o teu. Então... ocupas terreno vantajoso; e quando mostras solicitude por sua alma, sabem que não estás sendo hipócrita, mas que há consistência em cada palavra que dizes. MS 210 2 Umas poucas palavras proferidas de modo áspero, sob provocação, e que poderiam parecer coisa de pouca importância -- somente aquilo que eles mereciam -- muitas vezes cortam a corda da influência que deviam ter ligado a alma à tua alma. A própria idéia de estarem eles em trevas, sob a tentação de Satanás e cegados pelo seu enfeitiçante poder, deve fazer-te sentir profunda simpatia por eles, a mesma simpatia que sentirias por um enfermo, um paciente que sofre, mas que em virtude de sua doença não está consciente do perigo. MS 210 3 Almas que custaram a vida do Filho unigênito de Deus devem ser estimadas ao preço do imenso resgate pago por elas; e, ricos ou pobres, pretos ou brancos, devem ser tratados em consideração ao valor que Cristo atribui à alma humana. MS 210 4 Estes pensamentos são dignos de solene consideração. Qualquer negligência de nossa parte, qualquer exaltação do eu, quaisquer exultações açodadas, apaixonadas, podem colocar uma alma nos caminhos da destruição, onde ela jamais encontrará a vereda estreita da santidade que conduz ao Céu. ... Cometem-se graves erros ao tratar-se com mentes desequilibradas, enfermas. Estão doentes. Necessitam de médico, não para extirpá-los como um membro afetado, mas para curá-los. O modo de Jesus proceder é dado na parábola da ovelha perdida. Tratasse Jesus conosco como nós nos tratamos uns aos outros, nenhum de nós seria salvo. Oh! quantos não se perderão porque as palavras que deviam ter sido ditas com amorável paciência, não foram proferidas! -- Carta 20, 1892. O estudante obtuso MS 211 1 Estudantes que a princípio podem parecer obtusos e lentos, podem ao final fazer maior progresso do que os que são por natureza mais ativos. Se são exatos e sistemáticos em seu trabalho, alcançarão muito que outros deixarão de alcançar. Os que formam hábitos de paciente e perseverante esforço, realizarão mais do que os de mente ativa, viva e brilhante, que, embora apanhando um ponto rapidamente, perdem-no igualmente depressa. Os pacientes, embora mais lentos para aprender, estarão à frente dos que aprendem tão rapidamente que não precisam estudar. -- Manuscrito 115, 1903. Atitude do instrutor MS 211 2 Conquanto os estudantes precisem estar prontos para começar com responsabilidades menores e dar provas de que merecem confiança, ele [o instrutor] deve sentir por eles a mais terna afeição. Não deixar-se desanimar pela ignorância deles, mas dar-lhes crédito por todas as boas qualidades que neles vê. Em educando-se nesta direção, ele está obtendo valiosa experiência -- experiência de que necessita para ser um cristão na prática. MS 211 3 Se os estudantes cometem erros, não pense ele serem indignos de receber nova oportunidade, como se tivessem cometido pecados imperdoáveis. Deve com bondade mostrar-lhes os seus erros; e eles, por sua vez, devem sentir-se muito gratos por um amigo tão fiel que lhes aponta as faltas e mostra-lhes como corrigi-las. Afastar aos que erram, ou tratá-los com frieza, seria fazer contrariamente ao que Cristo tem feito por ele. Somos todos falíveis, e necessitamos mutuamente de piedade, consideração e perdão. Não pode o instrutor encontrar perfeição em parte alguma, e não o deve esperar, mas tem de suportar a perversidade de homens, e procurar ensiná-los. -- Carta 1, 1885. Este mundo não é o céu MS 211 4 Onde quer que pessoas de diferentes tipos de caráter estejam associadas numa instituição qualquer, é preciso que haja esforço firme, determinado, para que se mantenha a instituição pura, elevada, nobre, de modo que os ímpios não consigam desmoralizá-la. Há elementos não santificados a enfrentar, e se todos estiverem procurando fazer o que é direito, e trabalhar de modo justo e ser uma bênção uns aos outros, os aspectos objetáveis serão sobrepujados. Este mundo não é o Céu. Nos deveres de nossa vida não nos estamos associando com os anjos, mas com seres humanos sujeitos a errar. -- Manuscrito 41, 1900. Cultivando uma atmosfera de louvor MS 212 1 Não permitais que os auxiliares trabalhem em excesso. Possam os pacientes notar enfermeiros alegres e animosos, e não enfermeiros que, em virtude de excesso de trabalho, estejam desanimados e abatidos. É muito inconsistente com os princípios sobre que são fundados os nossos sanatórios, se permita fiquem os enfermeiros alquebrados em seu trabalho. MS 212 2 Devem os obreiros praticar os princípios da reforma de saúde em tudo que fazem -- levantando-se, andando, respirando, comendo, e no trajar. Devem rodear-se de uma atmosfera de louvor. Devem cultivar a voz, conservando-a agradável e simpática. Nenhuma palavra de desânimo deve ser ouvida. Que enfermeiros e médicos enfrentem a luz. Que abram as janelas do coração em direção ao Céu, de modo que seja inundado com os raios do Sol da Justiça. -- Carta 116, 1903. Limpeza e ordem MS 212 3 Tudo que estiver relacionado com o sanatório deve estar limpo e em ordem. A limpeza e a ordem terão muitas vezes mais influência do que meras palavras. No banheiro tudo deve estar tão bem arranjado que faça impressão favorável nos que visitam a instituição. -- Manuscrito 57, 1909. Falatório MS 212 4 Há alguns, tanto homens como mulheres, que falam mais do que oram. Não possuem claro discernimento espiritual. Estão distanciados de Deus. Quando falam com os pacientes, sua atitude parece dizer: Fale, que eu levarei adiante. MS 212 5 Auxiliares que seguem esta conduta devem ser admoestados e reprovados. E se recusam mudar de proceder, sejam dispensados. Se se lhes permite continuar na instituição, provocarão um estado de coisas que acabará por afastar a Deus da instituição. É muito melhor afastar os obreiros rebeldes do que afastar da instituição o Senhor. Em qualquer departamento que trabalhem, sejam os auxiliares discretos. Se repetirem tudo o que ouvirem e falarem de tudo que virem, serão uma maldição para a instituição. Há os que encontram prazer em contar coisas e criar sensação. Isto é desmoralizante para a instituição e não deve receber a mínima aprovação. -- Carta 30, 1887. Regozijo no Senhor MS 213 1 O talento da fala é um talento precioso. As riquezas da graça de Cristo, que Ele está sempre pronto a outorgar, devemos distribuir em palavras fiéis e esperançosas. "Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: Regozijai-vos." Se guardarmos nossas palavras, de modo que nada a não ser a bondade escape de nossos lábios, daremos provas de que nos estamos preparando para nos tornarmos membros da família celestial. Em palavras e obras proclamaremos as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Oh! que influência reformadora resultaria se como um povo avaliássemos devidamente o talento da fala e sua influência sobre as almas humanas! MS 213 2 As reuniões de sábado, os cultos matutinos e vespertinos domésticos, os serviços levados a efeito na capela -- tudo deve ser vitalizado pelo Espírito de Cristo. Cada membro da família do sanatório deve confessar a Cristo abertamente e com alegria, expressando o gozo e o conforto e a esperança que estão escritos na alma. Cristo deve ser apresentado como o primeiro entre dez mil, Aquele que é totalmente desejável. Deve ser apresentado como o Doador de toda boa dádiva e todo dom perfeito, Aquele em quem se concentram nossas esperanças de vida eterna. Se queremos fazer isto, devemos pôr de lado toda estreiteza, e exercer o amor de Cristo. O gozo que experimentamos neste amor será uma bênção para outros. Profundo fervor e alegria MS 213 3 É-me ordenado dizer à família do sanatório: Sejam vossas reuniões sociais e todos os vossos exercícios religiosos caracterizados por profundo fervor, e um gozo que expresse o amor de Deus na alma. Tais reuniões serão proveitosas a todos, pois ligarão coração com coração. Haja fervorosas reuniões de oração; pois a oração dará força à experiência religiosa. Confessai a Cristo aberta e corajosamente, e mostrai em todo o tempo a Sua mansidão. MS 213 4 O Senhor deseja que a família de obreiros de Loma Linda seja condutos de luz. Se mantivermos o coração e a mente abertos na direção do Céu, almejando o conforto de Sua graça no coração, a presença de Cristo será revelada. Que o fervor e o zelo penetrem em vossa vida. Não façais movimentos de retorno. O Senhor é nosso ajudador, nosso guia, nosso escudo, nosso grandíssimo galardão. Não permitais que a leviandade penetre vossa experiência, mas cultivai a alegria, pois isto é uma excelente graça. Não nos podemos permitir o descuido de nossas palavras e comportamento. ... MS 214 1 Todos nós temos muitíssimo por que dar graças; abramos, pois, nossos lábios em louvor e gratidão a Deus. Aproximemo-nos mais do Senhor Jesus, e reconheçamos nossas obrigações diárias para com Ele. Ele nos tem tornado possível conseguir uma vida muito feliz mesmo neste mundo de pecado, e nos acena com a esperança de estarmos continuamente em Sua presença, no reino que Ele está preparando para o Seu povo. Não deviam esses pensamentos nos arrancar louvores e gratidão? -- Carta 260, 1907. A observância do Sábado MS 214 2 A genuína obra médico-missionária está inseparavelmente unida com a guarda dos mandamentos de Deus, dos quais o sábado é especialmente mencionado, uma vez que é o grande memorial da obra criadora de Deus. Sua observância está vinculada com a obra de restauração da imagem moral de Deus no homem. Este é o ministério que o povo de Deus deve levar a cabo neste tempo. Este ministério, corretamente conduzido, dará ricas bênçãos à igreja. -- Testimonies for the Church 6:266. Os médicos não estão isentos MS 214 3 Não raro são os médicos chamados no sábado para acudir a enfermos, sendo-lhes impossível tomar tempo para repouso e devoção. O Salvador nos mostrou por Seu exemplo que é correto aliviar o sofrimento neste dia; mas médicos e enfermeiros não devem fazer trabalho desnecessário. Tratamentos comuns, e operações que podem esperar, devem ser deixados para o dia seguinte. Seja conhecido dos pacientes que os médicos precisam ter um dia de descanso. O Senhor diz: "Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações." Êxodo 31:13. MS 214 4 Que homem algum, porque é médico, sinta-se com liberdade para desconsiderar esta palavra do Senhor. Ele deve planejar o seu trabalho de modo que obedeça aos reclamos de Deus. Não deve viajar no sábado, salvo quando haja real sofrimento a ser aliviado. Quando este é o caso, não é profanação do sábado viajar o médico nesse dia; mas os casos ordinários devem ser adiados. MS 215 1 Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo. Ele santificou e abençoou o sétimo dia e fê-lo Seu sagrado memorial. "Pelo que", declara, "os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações." Êxodo 31:16. Os que fazem isto, guardando todos os mandamentos de Deus, podem reclamar as promessas contidas em Isaías 58:11-14. A instrução dada neste capítulo é plena e positiva. Os que deixam o trabalho no sábado podem reclamar o divino conforto e consolação. Não creremos em Deus? Não chamaremos santo o dia que Ele chama santo? O homem não deve envergonhar-se de reconhecer como sagrado aquilo que Deus considera sagrado. Não deve envergonhar-se de fazer aquilo que Deus ordenou. A obediência trar-lhe-á o conhecimento do que constitui a verdadeira santificação. MS 215 2 Não seja Deus roubado nos dízimos e ofertas, nem haja profanação do Seu santo tempo. Não deve o homem fazer a sua própria vontade no santo dia de Deus. Ele tem seis dias para trabalhar em atividades seculares, mas o sétimo dia Deus reclama como Seu. "Nele", diz, "não farás obra alguma." Êxodo 20:10. O servo de Deus considerará sagrado aquilo que Deus considera sagrado. Assim ele mostrará que escolheu o Senhor como seu guia. O sábado foi feito no Éden, quando as estrelas da manhã juntamente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam. Deus o colocou sob nossa responsabilidade. Conservemo-lo puro e santo. -- Manuscrito 162, 1897. Com risco da alma MS 215 3 Os que, por qualquer motivo, são obrigados a trabalhar no sábado, estão sempre em perigo; sentem a perda, e, de tanto fazerem trabalhos necessários, acabam caindo no hábito de realizarem no sábado coisas que não são necessárias. Perde-se o senso de sua santidade, e o santo mandamento torna-se sem nenhum efeito. Deve-se fazer um esforço especial no sentido de efetuar uma reforma com respeito à observância do sábado. Os obreiros do sanatório nem sempre fazem por si mesmos o que é seu privilégio e dever. Muitas vezes sentem-se tão cansados que se tornam desencorajados. Isto não devia acontecer. A alma só pode ser rica em graça quando habita na presença de Deus. ... MS 216 1 Se permitirmos que o acúmulo de trabalho nos demova do nosso propósito de buscar ao Senhor diariamente, cometeremos os maiores erros; sofreremos perdas, pois o Senhor não está conosco; fechamos a porta de tal maneira que Ele não pode achar acesso à nossa alma. Se, porém, orarmos, mesmo quando as mãos estão ocupadas, os ouvidos do Salvador estão abertos para ouvir as nossas petições. ... Deus tem cuidado de vós no lugar em que é vosso dever estar. Sempre que possível, porém, estai certos de ir onde se costuma fazer oração. -- Conselhos Sobre Saúde, 422-424. Trabalho no Sábado MS 216 2 Os médicos precisam cultivar o espírito de abnegação e sacrifício. Pode ser mesmo necessário devotar as horas do santo sábado ao alívio da humanidade sofredora. Mas os honorários por esse trabalho devem ser recolhidos à tesouraria do Senhor, a fim de serem usados em favor de pobres merecedores, que necessitem de tratamento médico e não podem pagar. -- Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work, 42. O dízimo MS 216 3 Os homens que estão associados com as instituições designadas por Deus, devem ter o cuidado de reconhecê-Lo em todos os seus caminhos. A Ele devem o seu intelecto e todas as suas capacidades, e precisam reconhecer isto. Devem pagar um dízimo fiel de todas as suas posses e de todas as suas rendas, como o fez Abraão. O dízimo fiel é a porção do Senhor. Retê-lo é roubar a Deus. Todos, alegre, liberal e voluntariamente, devem trazer o dízimo e ofertas à tesouraria do Senhor. Em fazendo isto receberão uma bênção. Não é seguro reter de Deus a parte que Lhe pertence. -- Manuscrito 162, 1897. Muita oportunidade de apostasia MS 216 4 O sanatório é um lugar que provê ampla oportunidade para apostasia, para que o eu tenha a supremacia, e assim separar-se a alma de Cristo e dos santos anjos. MS 216 5 Nem os médicos nem os auxiliares devem procurar realizar o seu trabalho sem tirar tempo para orar. -- Health, Philanthropic, and Medical Missionary Work, 16. Construir harmoniosamente MS 217 1 Nenhum de nós pode permitir-se pecar. É um negócio demasiado caro. O pecado cega os olhos de tal modo que o mal não é discernido, e mediante procedimento irrefletido, os que assim ficam cegados tornam-se instrumentos para difundir a injustiça em favor de Satanás. ... MS 217 2 Vigiai contra os hábitos pecaminosos. Mantende vigília sobre a língua. Buscai oportunidades de fazer o bem e abençoar a outros, olhando sempre para Jesus, crescendo na graça e no conhecimento da verdade. Se quereis a vida mais elevada, precisais viver agora a mais elevada vida na mais baixa vida deste mundo. Estamos trabalhando para o momento e para a eternidade. Uma vida bem edificada é formada mediante o viver segundo o plano de adição, acrescentando graça sobre graça em boas obras, em fé, paciência, temperança, beneficência, ânimo, abnegação. Sois lavoura de Deus. Edifício de Deus sois. Aprendendo de Cristo, não sereis uma mistura de contradições e incoerências -- hoje, sóbrios e devotos, amanhã, descuidados e frívolos. MS 217 3 Cristo tomou toda providência a fim de que vosso caráter possa ser harmonioso mediante a graça que vos é dada. Edificai-o, portanto, harmoniosamente. Erga-se a estrutura, pedra sobre pedra. Apanhai os raios da divina luz que de Jesus provém, e deixai-os brilhar no caminho de outros que estão em trevas. Todo o Universo de Deus está olhando para nós com intenso interesse. -- Carta 6a, 1890. Mudados na semelhança divina MS 217 4 A moços e moças que se estão preparando como enfermeiros e médicos, eu gostaria de dizer: Conservai-vos perto de Jesus. Contemplando-O sereis transformados na Sua imagem. ... Podeis ter um conhecimento teórico da verdade, mas isto não vos salvará. Precisais saber por experiência quão hediondo é o pecado, e quanto necessitais de Jesus como Salvador pessoal. Somente assim podeis tornar-vos filhos e filhas de Deus. Vosso único mérito é a vossa grande necessidade. MS 217 5 Os que são escolhidos para fazer o curso de enfermagem em nossos sanatórios devem ser selecionados sabiamente. Moças de um tipo de caráter superficial não devem ser encorajadas a assumir esta obra. Muitos rapazes que se apresentam como desejosos de preparar-se como médicos não possuem os traços de caráter que os capacitariam a resistir às tentações tão comuns ao trabalho de um médico. Somente devem ser aceitos aqueles que derem esperança de se tornarem qualificados para a grande e sagrada obra de disseminar os princípios da reforma de saúde. Modéstia no comportamento MS 218 1 As jovens associadas a nossas instituições devem manter estrito cuidado de si mesmas. Em palavras e nas ações devem ser reservadas. Jamais devem tomar a mais leve liberdade ao falarem com homens casados. A minhas irmãs que estão relacionadas com nosso sanatório, eu gostaria de dizer: Cingi a armadura. Ao falar com homens, sede bondosas e corteses, mas nunca liberais. Olhos observadores estão sobre vós, vigiando vossa conduta, por ela julgando se sois realmente filhas de Deus. Sede modestas. Abstende-vos de toda aparência do mal. Ponde a armadura celestial, ou por amor de Cristo cortai vossa ligação com o sanatório, lugar onde almas pobres e soçobradas devem encontrar um porto. Os que estão relacionados com essas instituições devem ter cuidado de si mesmos. Nunca, por palavra ou ação, devem dar a mínima ocasião para que homens ímpios falem mal da verdade. Não são do mundo MS 218 2 Há neste mundo apenas dois reinos -- o de Cristo e o de Satanás. Cada um de nós tem que pertencer a um ou ao outro destes reinos. Em Sua maravilhosa oração em favor dos Seus discípulos, Cristo disse: "Não peço que os tires do mundo; mas que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também Eu não sou. Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo." MS 218 3 Não é a vontade de Deus que nos excluamos do mundo. Mas embora estejamos no mundo devemos santificar-nos para Deus. Não devemos viver segundo o padrão do mundo. Devemos estar no mundo como uma influência corretiva, como sal que mantém o seu sabor. Devemos ser puros e santos em meio a uma geração profana, impura e idólatra, mostrando que a graça de Cristo tem poder para restaurar no homem a semelhança divina. Devemos exercer sobre o mundo uma influência salvadora. MS 218 4 "Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." O mundo tem-se tornado um leprosário de pecado, um monturo de corrupção. É um mundo que não conhece os filhos de Deus, porque não conhecem a Deus. Não devemos seguir os seus caminhos ou praticar os seus costumes. Continuamente devemos resistir a seus frouxos princípios. Cristo disse a Seus seguidores: "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está no Céu." É dever de médicos e enfermeiros brilhar como luzes em meio às influências corruptoras do mundo. Devem nutrir princípios que o mundo não pode deslustrar. ... MS 219 1 A bênção da graça é concedida a homens a fim de que o Universo celestial e o mundo caído possam ver -- como de outro modo não poderiam -- a perfeição do caráter de Cristo. O Grande Médico veio ao mundo para mostrar a homens e mulheres que, por meio de Sua graça, eles podem viver de modo que no grande dia de Deus recebam o precioso testemunho: "Estais completos nEle." -- Manuscrito 24, 1900. ------------------------Capítulo 12 -- A prevenção de enfermidades e sua cura por métodos racionais Prevenção de enfermidades MS 221 1 A diferença entre prevenção e cura não tem sido considerada suficientemente importante. Ensinai ao povo que é melhor saber como manter-se bem do que como curar as enfermidades. Nossos médicos devem ser sábios educadores, advertindo a todos contra a condescendência própria, mostrando que a abstinência das coisas que Deus proibiu é o único modo de evitar a ruína do corpo e da mente. -- Manuscrito 99, 1902. Ensinar cedo fisiologia MS 221 2 O Criador do homem dispôs a maquinaria viva de nosso corpo. Toda função é maravilhosa e sabiamente desempenhada. E Deus Se encarregou de manter esta máquina humana em saudável função se o instrumento humano obedecer a Suas leis e cooperar com Deus. Cada lei que governa a maquinaria humana deve ser considerada tão verdadeiramente divina em sua origem, caráter e importância, como a Palavra de Deus. Cada descuido, ação desatenta, qualquer abuso para com o maravilhoso mecanismo do Senhor, por desconsiderar Suas leis específicas na humana habitação, é uma violação da lei de Deus. Podemos contemplar e admirar a obra de Deus no mundo natural, mas a habitação humana é a mais maravilhosa. MS 221 3 Desde o primeiro alvorecer da razão, a mente humana deve tornar-se inteligente com respeito à estrutura física. Aqui Jeová deu uma amostra de Si mesmo; pois o homem foi feito à imagem de Deus. É obra determinada de Satanás destruir a imagem moral de Deus no homem. Ele procura fazer da inteligência do homem -- seu mais alto e mais nobre dom -- o mais destrutivo instrumento para poluir com o pecado tudo que toca. -- Manuscrito 3, 1897. Educai o enfermo MS 221 4 O primeiro trabalho de um médico deve ser educar o doente e o sofredor na justa direção que ele deve seguir para evitar a moléstia. Pode ser efetuado o maior bem procurando esclarecer a mente de todos a quem possamos ter acesso, quanto ao melhor modo a seguirem para prevenir a doença e o sofrimento, e constituições alquebradas, e mortes prematuras. Aqueles, porém, que não gostam de empreender trabalho que lhes sobrecarregue as faculdades físicas e mentais, estarão prontos a receitar drogas, as quais lançam no organismo humano a base para um mal duas vezes maior do que aquele que pretendem haver curado. MS 222 1 O médico que tiver força moral para arriscar sua reputação esclarecendo o entendimento por meio de fatos simples, mostrando a natureza da doença e a maneira de evitá-la, e o costume perigoso de recorrer a drogas, terá uma difícil escalada, mas viverá e deixará viver. ... Caso seja um reformador, ele falará claramente com relação aos falsos apetites e à ruinosa condescendência consigo mesmo no que respeita a vestir, comer e beber, à sobrecarga de efetuar grande quantidade de trabalho em determinado tempo, coisas que têm influência prejudicial no temperamento, nas faculdades físicas e mentais. ... MS 222 2 Hábitos direitos, corretos, observados inteligente e perseverantemente, removerão a causa das doenças, e não haverá necessidade de recorrer às drogas fortes. Muitos prosseguem de um passo a outro com suas condescendências não naturais, o que conduz a um estado de coisas tão antinaturais quanto possível. Estimulantes e narcóticos MS 222 3 O uso de chá, café e narcóticos, ópio e fumo, tem acarretado sobre os seres humanos enfermidades de toda classe e de todo tipo. Essas danosas condescendências têm de ser sustadas, e não somente uma, mas todas; pois todas são maléficas e ruinosas às faculdades físicas, mentais e morais, e devem ser interrompidas do ponto de vista da saúde. O comum uso da carne tem tido influência destruidora sobre as qualidades morais, bem como sobre a constituição física. MS 222 4 Agravos da saúde numa variedade de formas, se se pudesse determinar a causa, revelariam o resultado certo do uso da carne como alimento. O abandono do uso da carne, com pratos saudáveis preparados com gosto para tomar o lugar de alimentos cárneos, poria um número bem grande de doentes e sofredores numa melhor posição de recobrar a saúde, sem o uso de drogas. Mas se o médico encoraja um regime cárneo a seus doentes, estará então criando a necessidade do uso de drogas. ... MS 223 1 As drogas têm sempre a tendência de debilitar e destruir as forças vitais, e a natureza torna-se tão claudicante em seus esforços, que o enfermo morre, não porque tivesse de morrer, mas porque a natureza foi violentada. Tivesse a natureza sido deixada sozinha, e teria dedicado os seus melhores esforços para salvar a vida e a saúde. A natureza não necessita de nenhum desses auxílios que, dizem muitos, lhe têm dado. Aliviai os fardos que lhe foram impostos, segundo o costume e as modas deste século, e vereis em muitos casos a natureza endireitar-se a si mesma. O uso de drogas não é favorável nem natural em relação às leis da vida e da saúde. A medicação por meio de drogas dá à natureza dois pesos para conduzir, em lugar de um. Ela fica com duas sérias dificuldades para vencer, em lugar de uma. MS 223 2 Existe agora positiva necessidade, mesmo por parte dos médicos, reformadores no sentido do tratamento da doença, de que sejam feitos maiores esforços para levar avante e acima a obra por eles próprios, e para instruir com interesse os que deles esperam capacidade médica para verificar a causa das suas enfermidades. Eles lhes devem chamar a atenção de modo especial para as leis estabelecidas por Deus, as quais não podem ser impunemente violadas. Eles se detêm muito nos efeitos da doença, mas, em regra geral, não despertam a atenção para as leis que devem ser sagrada e inteligentemente obedecidas, a fim de evitar as enfermidades. O exemplo do médico como influência educativa MS 223 3 Se o médico não tem sido correto em suas práticas dietéticas; se seu próprio apetite não é limitado a um regime simples, saudável, descartando em grande medida o uso de carnes..., mais depressa ele disciplinará e educará o gosto e o apetite de seus pacientes no amor a coisas que ele aprecia, do que lhes ensinará os saudáveis princípios da reforma de saúde. Receitará carnes para os pacientes, quando esta é a pior dieta que poderiam ter. Ela estimula, mas não comunica forças. MS 223 4 A natureza necessitará de alguma assistência para pôr as coisas em seu devido lugar, e esta assistência pode encontrar-se nos remédios mais simples, especialmente aqueles que a própria Natureza provê: ar puro, e com o precioso conhecimento de como respirar; água pura, com o conhecimento de como aplicá-la; abundância de luz solar em cada cômodo da casa, se possível, e com o conhecimento inteligente de que vantagens se podem tirar de seu uso. Todos esses são poderosos em sua eficiência, e os pacientes que tiverem alcançado o conhecimento de como comer e vestir-se de modo saudável, podem viver para o conforto, a paz e a saúde, e não serão induzidos a pôr em seus lábios drogas que, em lugar de ajudar a natureza, paralisam suas faculdades. Se os enfermos e sofredores fizerem apenas o melhor que sabem com relação a viver os princípios da reforma de saúde perseverantemente, em nove casos de cada dez ficarão livres de seus males. Obediência às leis da natureza MS 224 1 Os fracos e sofredores precisam ser instruídos mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, até que tenham consideração pela lei que Deus fez para controlar o organismo humano, e vivam em obediência a essa lei. Os que pecam contra o conhecimento e a luz, e recorrem à habilidade de um médico na administração de drogas, estarão perdendo de contínuo sua segurança à vida. Quanto menor for a dosagem de drogas, mais favorável será sua recuperação à saúde. Drogas, em lugar de ajudar a natureza, estão de contínuo paralisando os seus esforços. ... MS 224 2 Eles não analisam os seus anteriores hábitos no comer e beber, e não anotam de modo especial seus hábitos errôneos que por anos têm estado a lançar as bases da enfermidade. Médicos conscienciosos devem estar preparados para esclarecer os que são ignorantes, e devem com sabedoria dar suas receitas, proibindo em seu regime aquilo que sabem ser errado. MS 224 3 Devem claramente indicar as coisas que consideram atentatórias às leis da saúde, e deixar que esses sofredores procedam conscienciosamente para fazer por si mesmos o que podem fazer, colocando-se deste modo na correta relação para com as leis da vida e da saúde. Quando, partindo de uma consciência esclarecida, fizerem do melhor modo aquilo que sabem fazer, a fim de preservar a saúde, podem então em fé olhar para o Grande Médico, que é o restaurador tanto do corpo como da alma. MS 224 4 Somos reformadores da saúde. Devem os médicos ter sabedoria e experiência, sendo integrais reformadores da saúde. Então estarão constantemente educando por preceito e exemplo os seus pacientes a deixarem as drogas; pois sabem muito bem que o uso de drogas pode produzir no momento resultados favoráveis, mas implantarão no organismo aquilo que produzirá grandes dificuldades no futuro, e de que talvez jamais se recuperarão durante o transcurso de toda a sua vida. A natureza precisa ter uma oportunidade de realizar o seu trabalho. Devem-se remover as obstruções, dando-lhe a oportunidade de exercer suas forças restauradoras, o que ela certamente fará, se se removerem os abusos e for-lhe dada uma justa oportunidade. Deve cultivar-se confiança nos remédios da natureza MS 225 1 Os doentes devem ser ensinados a confiar nas grandes bênçãos que Deus proveu na Natureza; e os mais eficazes remédios para as enfermidades são água de boa qualidade, a abençoada luz solar dada por Deus e que deve penetrar nos quartos dos doentes, a vida ao ar livre tanto quanto possível, com saudáveis exercícios, o comer e o beber alimentos preparados do modo mais saudável. ... MS 225 2 Há em nosso mundo muitos, muitos afligidos com o veneno do tabaco. ... O médico, se não é um neófito, pode fazer um retrospecto dos efeitos até sua verdadeira causa, mas não ousa proibir o seu uso, porque tolera-o em si mesmo. Alguns, de modo inseguro, indeciso, aconselham os usuários de fumo a utilizar menos deste narcótico; mas não lhes dizem: Este hábito vos está matando. Receitam drogas para curar uma enfermidade que é o resultado da condescendência com apetites antinaturais, e dois males são produzidos em vez de remover-se um. MS 225 3 Milhares precisam ser instruídos paciente, bondosa e ternamente, mas de modo decidido, de que nove décimos de suas queixas são criadas por sua própria conduta. ... Condescendência própria, causa de doenças MS 225 4 Alguns não têm a coragem moral de perseverar no temor do Senhor. Há mesmo entre os que têm entendimento das leis da vida e da saúde, uma constante e egoística tolerância em relação às coisas que são prejudiciais tanto à alma como ao corpo. Há intemperança no comer, e na multiforme variedade de alimentos tomados numa só refeição. Há na preparação do alimento misturas não saudáveis que fermentam no estômago, e causam grande incômodo. E contudo eles prosseguem, continuando sua tolerância, o que lança o fundamento para numerosas dificuldades. Se tais pessoas tivessem domínio próprio, e aprimorassem o gosto para comer somente o que o sofrido estômago pode assimilar, e assimilará, evitariam grandes despesas com contas de médicos, e se poupariam grandes sofrimentos. ... MS 226 1 Instruir os que são ignorantes com respeito a essas coisas é a obra do médico. Deve haver escolas de preparo para instruir enfermeiras e preparar as mentes para que sintam o perigo e vejam a importância de introduzir habilidade e tato no preparo de alimentos que substituirão o regime cárneo. Esta espécie de educação compensará no final. Deve-se usar sabedoria para não remover-se de vez o alimento cárneo dos que têm estado a fazer uso dele habitualmente, mas educar a mente para que veja a importância do uso de alimentos saudáveis. -- Manuscrito 22, 1887. A lei da fé e das obras MS 226 2 A graça de Deus é sempre reformatória. Todo ser humano está numa escola, onde deve aprender a abandonar toda prática nociva e obter o conhecimento do que pode fazer por si mesmo. Os que não atendem a essas coisas, que não tomam precauções em relação a obter ar puro para respirar e água pura para beber, não podem ficar livres de enfermidades. Seu organismo é poluído e a estrutura humana é danificada. MS 226 3 Tais pessoas são descuidadas, indolentes, presunçosas e autodestruidoras. O conhecimento se espalha ao longo do seu caminho, mas eles recusam apoderar-se dos raios de luz, dizendo que confiam em Deus. Mas fará Deus aquilo que deixou para que eles façam? Suprirá sua negligência? Fechará os olhos a sua voluntária ignorância e fará grandes coisas por eles, restaurando alma, corpo e espírito, enquanto eles desatendem aos mais simples agentes, cujo uso lhes propiciaria saúde? Enquanto dia a dia condescendem com o apetite mediante o comer aquilo que produz enfermidades, podem esperar que o Senhor opere um milagre para restaurá-los? Esta não é maneira do Senhor agir. Fazendo isto eles tornam o Senhor absolutamente igual a eles mesmos. Fé e obras vão juntas. ... MS 226 4 Examine cada um o seu próprio coração, para ver se não está acariciando o que é positivo dano para si, e se em lugar de abrir o coração para que Jesus, o Sol da Justiça entre, não se está queixando da carência do Espírito de Deus. Que essas pessoas descubram os seus ídolos e os lancem fora. Separem-se de todo hábito não saudável no comer e beber. Que ponham sua prática diária em harmonia com as leis da Natureza. Mediante o fazer, assim como o crer, criar-se-á em torno de sua alma uma atmosfera que será um cheiro de vida para a vida. -- Manuscrito 86, 1897. Combater as enfermidades por métodos simples MS 227 1 Nosso povo deve tornar-se esclarecido no tratamento de enfermidades sem o auxílio de drogas venenosas. Muitos devem procurar obter a instrução que os capacitará a combater enfermidades em suas variadas formas, mediante os métodos mais simples. Têm ido para a sepultura em virtude do uso de drogas venenosas, milhares que poderiam ter sido restaurados à saúde mediante métodos simples de tratamento. O tratamento pela água, sábia e habilidosamente aplicado, pode ser o meio de salvar muitas vidas. MS 227 2 Una-se o diligente estudo com tratamentos cuidadosos. Sejam feitas orações de fé ao lado da cama dos enfermos. Que estes sejam encorajados a reclamar para si as promessas de Deus. "A fé é o fundamento das coisas que se não vêem, e prova das coisas que se esperam." Cristo Jesus, o Salvador dos homens, deve ser introduzido em nossos labores e concílios cada vez mais. -- Manuscrito 15, 1911. Princípios de higiene MS 227 3 Nossos sanatórios devem ser dirigidos segundo métodos higiênicos. A luz que Deus concedeu sobre enfermidades e suas causas, deve ser tida em demorado estudo, pois são os hábitos errôneos na condescendência para com o apetite e a falta de atenção quanto ao cuidado do corpo que afetam o povo. Hábitos de limpeza, cuidado naquilo que é introduzido na boca, devem ser observados. MS 227 4 É melhor não dizer aos pacientes que carnes jamais devam ser usadas; mas a razão e a consciência devem ser despertadas com respeito à autopreservação e pureza em relação a todo apetite pervertido. Eles podem aprender a apreciar uma dieta que é saudável e abstencionista, consistindo em frutas, grãos e verduras. Medicação por drogas MS 227 5 A medicação por drogas deve ser abandonada. Neste ponto a consciência do médico deve ser sempre mantida sensível, fiel e pura. Devemos guardar-nos da inclinação para usar drogas venenosas, que matam se não curam. Coisas me têm sido apresentadas em referência ao uso de drogas. Muitos têm sido tratados com drogas e o resultado tem sido a morte. Nossos médicos, por praticarem medicação com drogas, têm perdido muitos casos que não precisavam ter sido fatais se tivessem deixado suas drogas fora do quarto do enfermo. MS 228 1 Casos de febre têm sido perdidos quando, tivessem os médicos deixado inteiramente fora o seu tratamento com drogas, tivessem posto sua engenhosidade a trabalhar, e sábia e persistentemente usado os próprios remédios do Senhor, abundância de ar e de água, os pacientes teriam sido recuperados. O descuidado uso dessas coisas que deviam ser evitadas tem decidido o caso dos enfermos. MS 228 2 O experimento com drogas é um negócio muito dispendioso. Paralisia do cérebro e da língua é muitas vezes o resultado, e as vítimas morrem de morte antinatural, quando, se tivessem sido tratadas perseverantemente, com incansável, indefectível diligência, com água quente e fria, compressas quentes, enfaixamento, e envolvimento em lençóis úmidos, poderiam estar vivos hoje. MS 228 3 Não deve ser introduzida no organismo humano coisa alguma que deixe atrás um efeito maléfico. E esclarecer sobre esse assunto e fazer tratamento natural é a razão que me foi dada para estabelecer sanatórios em vários lugares. MS 228 4 Tenho-me sentido penalizada quando muitos estudantes são animados a ir onde receberiam instrução sobre o uso de drogas. A luz que tenho recebido sobre o assunto de drogas é inteiramente diferente do uso que delas se faz nessas escolas ou nos sanatórios. Precisamos ficar esclarecidos sobre esses assuntos. MS 228 5 Os nomes complicados dados a medicamentos são usados para encobrir o assunto, de modo que ninguém saiba o que lhes é administrado, a menos que consulte um dicionário. ... MS 228 6 Aos doentes devem ser fornecidos alimentos bons, saudáveis; cumpre observar total abstinência de todas as bebidas intoxicantes; as drogas devem ser rejeitadas, e seguidos métodos racionais de tratamento. Não se deve dar aos doentes álcool, chá, café, nem drogas; pois esses deixam sempre atrás de si vestígios maléficos. Observando estas regras, muitos que foram desenganados pelos médicos podem recobrar a saúde. MS 228 7 Nesta obra os instrumentos divinos e humanos podem cooperar na salvação de vidas, e Deus acrescentará Sua bênção. Muitos sofredores que não são de nossa fé virão às nossas instituições para receber tratamento. Aqueles cuja saúde foi arruinada por pecaminosa condescendência, e que têm sido tratados por médicos até que as drogas administradas já não fazem efeito, virão; e serão beneficiados. MS 229 1 O Senhor abençoará as instituições dirigidas de acordo com os Seus planos. Ele cooperará com cada médico que fiel e conscienciosamente se empenhe nesta obra. Ele entrará nos aposentos dos enfermos. Ele dará sabedoria aos enfermeiros. -- Manuscrito 162, 1897. Sementes de morte MS 229 2 Quando compreenderdes a fisiologia em seu mais verdadeiro sentido, vossas receitas de drogas serão muito menores, e finalmente deixareis por completo de distribuir drogas. O médico que pratica a medicação por drogas, mostra que não compreende a delicada maquinaria do organismo humano. Está introduzindo no organismo uma semente que jamais perderá suas propriedades destruidoras, ao longo de toda a vida. Digo-vos isto porque não me atrevo a calar-me. Cristo pagou muitíssimo pela redenção do homem para que o corpo deste seja assim tão cruelmente tratado como tem sido pela medicação com drogas. MS 229 3 Anos atrás o Senhor revelou-me que deviam ser estabelecidas instituições para tratamento dos doentes sem emprego de drogas. O homem é propriedade de Deus, e a ruína causada à habitação viva, o sofrimento trazido pelas sementes de morte semeadas no organismo humano, são uma ofensa a Deus. -- Carta 73, 1896. Milhares podem recuperar-se MS 229 4 Milhares de pessoas enfermas poderiam recuperar a saúde se, em vez de dependerem da farmácia para viver, desfizessem-se de todas as drogas, e vivessem com simplicidade, sem usar chá, café, licores nem condimentos que irritam o estômago e o enfraquecem, deixando-o incapaz de digerir sequer os alimentos simples, sem estímulos. O Senhor está disposto a fazer Sua luz brilhar em raios claros, distintos, a todos quantos se achem fracos e débeis. MS 229 5 Verduras, frutas e cereais devem compor nosso regime alimentar. Nem um grama de carne deve entrar em nosso estômago. O comer carne é antinatural. Devemos voltar ao propósito original de Deus na criação do homem. -- Manuscrito 115, 1903. O que podemos fazer por nós mesmos MS 230 1 Em relação àquilo que podemos fazer por nós mesmos: Há um ponto que requer cuidadosa, meditada consideração. Preciso familiarizar-me comigo mesmo. Preciso ser sempre um estudioso de como cuidar deste edifício, o corpo que Deus me deu, de modo que o preserve nas melhores condições de saúde. Preciso alimentar-me com aquilo que for para o meu melhor bem fisicamente, e devo tomar especial cuidado em vestir-me de tal modo que promova uma saudável circulação do sangue. Não devo privar-me de exercício e ar. Devo desfrutar toda a luz solar que me for possível. Devo ter sabedoria para ser um fiel guarda de meu corpo. MS 230 2 Eu estaria fazendo uma coisa muito pouco sábia se entrasse num quarto frio quando estou transpirando; estaria me mostrando um mordomo imprudente se me permitisse sentar-me onde houvesse uma corrente de ar, e assim expor-me a um resfriado. Eu não seria sábio se me sentasse com os pés e membros frios, e assim permitisse que o sangue afluísse das extremidades para o cérebro ou para os órgãos internos. Devo proteger sempre os meus pés em tempo frio. Devo comer regularmente do mais saudável alimento, que me proporcione a melhor qualidade de sangue, e não devo trabalhar com intemperança, se estiver em meu poder evitá-lo. E quando violo as leis que Deus estabeleceu em meu ser, devo arrepender-me e reformar-me, e colocar-me na mais favorável condição, sob o cuidado dos médicos providos por Deus: ar puro, água pura, e a preciosa e restauradora luz solar. Presunção e indolência MS 230 3 Se negligenciarmos fazer aquilo que está ao alcance praticamente de cada família, e pedirmos ao Senhor que alivie nossas dores, quando somos demasiado indolentes para fazer uso dos remédios que estão ao nosso alcance, isto é simples presunção. O Senhor espera de nós que trabalhemos para conseguir o alimento. Ele não promete que faremos a colheita, a menos que quebremos os torrões, aremos o chão e o cultivemos para produzir. Então o Senhor envia a chuva, a luz do sol e as nuvens para fazer que a vegetação floresça. Deus opera e o homem coopera com Deus. Então há uma semeadura e uma colheita. Deus faz que cresça a erva no campo para uso do homem, e se compreendermos a natureza dessas raízes e ervas, e fizermos correto uso delas, não haverá necessidade de correr para o médico tão freqüentemente, e as pessoas estariam em muito melhor condição de saúde do que estão hoje. -- Carta 35, 1890. Instrução para missionários MS 231 1 Os que desejam tornar-se missionários devem ouvir instruções de médicos competentes, os quais lhes ensinarão como cuidar dos doentes sem uso de drogas. Tais lições serão do mais alto valor para os que partem para trabalhar em países estrangeiros. E os remédios simples usados salvarão muitas vidas. -- Manuscrito 83, 1908. Luz solar, ventilação e temperança MS 231 2 Para assegurar ao doente as mais favoráveis condições de cura, o quarto que ocupa deve ser amplo, iluminado e alegre, com os meios para uma ventilação perfeita. Escolher-se-á para quarto do enfermo o aposento da casa que melhor satisfaça estes requisitos. Muitas casas não oferecem condições para conveniente ventilação e é difícil consegui-la; mas tentem-se os possíveis esforços para permitir que o quarto do doente seja atravessado dia e noite por uma corrente de ar puro. MS 231 3 Quanto possível deve manter-se uma temperatura igual. Para o efeito consulte-se o termômetro. Os que tratam do doente, sendo muitas vezes privados de sono ou despertados durante a noite para atender o paciente, são suscetíveis ao frio, e não serão bons juízes de uma temperatura saudável. -- A Ciência do Bom Viver, 220, 221. Grandes recursos medicinais da natureza MS 231 4 Nos esforços feitos para restauração dos enfermos à saúde, deve fazer-se uso das belas coisas da criação do Senhor. Observar as flores, colher nas árvores o fruto maduro, ouvir o cântico feliz dos pássaros -- tudo isto tem um efeito peculiarmente estimulante sobre o sistema nervoso. Da vida ao ar livre, homens, mulheres e crianças obterão o desejo de ser puros e inocentes. Pela influência das ativantes, vivificantes, revivescentes propriedades dos grandes recursos medicinais da Natureza, as funções do corpo são fortalecidas, o intelecto é despertado, a imaginação ativada, a disposição reavivada. A mente é preparada para apreciar as belezas da Palavra de Deus. MS 232 1 Por que não devem os moços e moças que estão procurando obter conhecimento de como cuidar dos enfermos, tirar vantagens dos maravilhosos recursos da Natureza? ... MS 232 2 Ajudando-me Deus, eu farei o máximo de minha parte para mostrar o vivificante poder da luz solar e do ar puro. Quão melhor é para o doente estar ao ar livre do que dentro de quatro paredes, decoradas como possam ser essas paredes com muitos quadros! -- Carta 71, 1902. Poder restaurador na vida ao ar livre MS 232 3 Os arredores de um sanatório devem ser tão atrativos quanto possível. A vida ao ar livre é um meio de alcançar saúde e felicidade. Ao olhar o enfermo a beleza do cenário, ao contemplar as flores em sua formosura, aventurar-se-á a sair alguns passos para fora, a fim de colher algumas flores -- preciosos mensageiros do amor de Deus a Sua família em aflição aqui. Nos jardins floridos e pomares, o doente encontrará saúde, alegria e pensamentos felizes. ... MS 232 4 Que influência possui sobre os que estão enfermos do corpo e da mente, a vida entre flores e árvores carregadas de frutos! Depois de uma breve estada em um sanatório situado em meio às belezas da Natureza, a esperança começa a tomar o lugar do desespero. O coração é abrandado pelos objetos de beleza da Natureza, que o grande Artista por Excelência deu à humanidade como quadros pintados nos quais se retratam o Seu grande amor e bondade. ... MS 232 5 Encorajai os pacientes a viver fora das portas. Imaginai planos para mantê-los fora, onde se familiarizarão com Deus por meio da Natureza. Ao fazerem exercícios ao ar livre, terá início a restauração do corpo, mente e alma. A vida ao ar livre, longe das cidades congestionadas, é um restaurador da saúde. O ar puro tem em si saúde e vida. Ao ser respirado, exerce revigorante efeito sobre todo o organismo. ... MS 232 6 Os que estão ligados aos nossos sanatórios devem fazer todo esforço para animar os pacientes a viver ao ar livre, tanto quanto lhes seja possível isto. A Natureza é o grande médico que os curará de todos os seus males, tanto espirituais como físicos. Tudo que puder ser feito deve sê-lo a fim de dar aos que vêm aos nossos sanatórios em busca de tratamento, a oportunidade de viver ao ar livre tanto quanto possível. Os pacientes devem ter as vantagens que são dadas pelos arredores naturais. A Natureza é o grande restaurador tanto da alma como do corpo. -- Manuscrito 43, 1902. Um elixir de vida MS 233 1 Quando um sanatório é estabelecido no campo, os doentes podem respirar o ar puro do Céu. Ao andarem entre as flores e árvores, gozo e alegria lhes encherão o coração. É como se o sorriso de Deus estivesse sobre eles, ao olharem as belas coisas que Deus criou para levar alegria ao seu coração triste. MS 233 2 A vida ao ar livre é um bem para o corpo e a mente. É o remédio de Deus para restauração da saúde. Ar puro, água boa, luz solar, belos arredores -- esses são os Seus meios para restauração dos doentes à saúde, pelos meios naturais. MS 233 3 O fato de que no campo todas essas vantagens podem ser obtidas é um poderoso incentivo para o estabelecimento de um sanatório no campo. Ali a instituição pode ser cercada de flores e árvores, pomares e vinhas. O efeito de tais arredores é como o de um elixir de vida. MS 233 4 Mais valioso do que prata e ouro é para a pessoa doente o estar ao sol ou à sombra das árvores. E sempre que se ofereça oportunidade, os que têm a seu cuidado tais pessoas, tirem para eles lições que ensinem o amor de Deus, das coisas da Natureza, das altaneiras árvores, da relva primaveril e das belas flores. Toda flor que se abre e todo botão que floresce é uma expressão do amor de Deus por Seus filhos. Chamai-lhes a atenção para o alto, para Aquele cuja mão fez as belas coisas da Natureza. ... Vida somente em Cristo MS 233 5 O fruto da árvore da vida no jardim do Éden possuía virtude sobrenatural. Comer dele era viver para sempre. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas folhas eram para o sustento da vida e da imortalidade. Mas em virtude da desobediência do homem a morte entrou no mundo. Adão comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, comeu do fruto que lhe tinha sido proibido tocar. Esta era a sua prova. Ele falhou, e sua transgressão abriu as comportas dos ais sobre o mundo. MS 233 6 A árvore da vida era um tipo da grande Fonte de imortalidade. De Cristo está escrito: "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens." Ele é a Fonte de vida. Obediência a Ele é o poder vitalizante, vivificante, que alegra a alma. Pelo pecado o homem fechou para si mesmo o acesso à árvore da vida. Agora, vida e imortalidade são trazidas à luz mediante Jesus Cristo. ... Proveito do exercício ao ar livre MS 234 1 Por que privar os pacientes das bênção restauradoras da saúde, que se encontram na vida ao ar livre? Fui instruída de que ao ser o enfermo encorajado a deixar os seus aposentos e passar tempo ao ar livre, cuidando das flores, ou fazendo algum outro trabalho leve e agradável, sua mente será desviada do eu para alguma coisa mais salutar. Exercícios ao ar livre devem ser prescritos como uma necessidade benéfica e vitalizante. Quanto mais tempo puderem os pacientes ser mantidos fora das portas, menos cuidados requererão. MS 234 2 Quanto mais aprazíveis forem seus arredores, mais esperançosos eles serão. Cercai-os com as belas coisas da Natureza, colocando-os onde possam ver as flores crescerem e ouvir o canto dos pássaros, e seu coração se abrirá em cânticos em harmonia com o canto dos pássaros. Fechai-os em quartos, ainda que elegantemente mobiliados, e eles se tornarão irritáveis e sombrios. Dai-lhes as bênçãos da vida ao ar livre, pois assim sua alma será alevantada, inconscientemente, e, em grande medida, conscientemente. Alívio virá ao corpo e à mente. ... Saúde e alegria no campo e no pomar MS 234 3 Nosso Redentor está constantemente trabalhando para restaurar no homem a imagem moral de Deus. E embora a criação toda gema sob a maldição, e os frutos e as flores nada sejam em comparação como o que serão na Terra renovada, mesmo hoje os doentes podem encontrar saúde, alegria e gozo no campo e no pomar. Quão restaurador é isto! Que preventivo contra enfermidades! As folhas da árvore da vida são para a saúde dos crentes, arrependidos filhos de Deus, que se servem da bênção a ser encontrada nas árvores, nos arbustos e nas flores, embora maculada pela maldição como se encontra a Natureza. -- Manuscrito 41, 1902. Despertar a fé no grande médico MS 234 4 O suavizante poder da verdade pura visto, ativado e mantido em todos os seus efeitos, é, para as pessoas que estão sofrendo com enfermidades, de um valor que nenhuma linguagem pode expressar. Mantende sempre diante dos sofredores enfermos a compaixão e bondade de Cristo, e despertai-lhes a consciência para a fé em Seu poder para aliviar o sofrimento, e conduzi-os à fé e confiança nEle, o Grande Médico, e tereis ganho uma alma e muitas vezes uma vida. MS 235 1 Por isto mesmo a religião pessoal por parte de todo médico no quarto do enfermo é essencial para o êxito no tratamento simples, sem drogas. Deus gostaria que aquele que é médico e guarda da saúde e do corpo, fosse por todos os modos ensinado a aprender lições do Grande Mestre, sobre como trabalhar em Cristo e por meio de Cristo para salvar a alma dos enfermos. Como pode qualquer médico saber isto, enquanto o Salvador não for recebido como Salvador pessoal por ele, que administra à humanidade sofredora? MS 235 2 A religião deve ser feita preeminente de um modo muito terno, bondoso, compassivo. Nenhuma das pessoas com quem o enfermo está associado pode fazer mais por ele do que o médico e o enfermeiro verdadeiramente convertidos. Ações de pureza e polidez nos olhares e nas palavras, e acima de tudo as suaves palavras de oração, embora poucas, desde que sinceras, serão para os sofredores uma firme âncora. -- Carta 69, 1898. ------------------------Capítulo 13 -- A obra médico-missionária e o ministério evangélico Um trabalho unido MS 237 1 Desejo falar sobre a relação existente entre a obra médico-missionária e o ministério evangélico. Tem-me sido apresentado que todos os departamentos da obra devem estar unidos num grande todo. A obra de Deus deve preparar um povo para estar em pé diante do Filho do homem em Sua vinda, e esta obra deve ser una. A obra que deve preparar um povo para estar firme no último grande dia não deve ser uma obra dividida. MS 237 2 O ministério evangélico deve apresentar a verdade que precisa ser recebida para que o povo seja santificado e esteja pronto para a vinda do Senhor. E esta obra deve envolver a tudo que envolvido foi no ministério de Cristo. Os obreiros evangélicos devem servir à direita e à esquerda, fazendo o seu trabalho inteligente e solidamente. MS 237 3 Não deve haver divisão entre o ministério e a obra médica. O médico deve trabalhar em igualdade com o ministro, e com igual fervor e inteireza para a salvação da alma, tanto quanto para a restauração do corpo. ... O corpo -- O braço -- a cabeça MS 237 4 A obra médico-missionária jamais foi-me apresentada de outro modo que não o de ter a mesma relação para com a obra como um todo, que tem o braço para o corpo. O ministério evangélico é uma organização para a proclamação da verdade e a promoção da obra pelos enfermos e os sãos. Este é o corpo, a obra médico-missionária o braço, e Cristo a cabeça sobre todos. Assim é que me tem sido apresentado o assunto. MS 237 5 Tem-se insistido em que, visto ser a obra médico-missionária o braço do corpo, deve haver uma unanimidade de consideração para com ela. Assim é. A obra médico-missionária é o braço do corpo, e Deus deseja que mostremos decidido interesse nesta obra. MS 237 6 Cristo estava ligado a todos os ramos da obra. Ele não fez qualquer divisão; não sentiu que estivesse agindo em detrimento dos médicos quando curava os enfermos. Ele proclamava a verdade, e quando os doentes vinham a Sua presença para serem curados, perguntava-lhes se criam que Ele podia torná-los sãos. Estava tão pronto a estender a mão e curar os doentes e aflitos, como a pregar o evangelho. Sentia-Se tão à vontade neste trabalho como na proclamação da verdade; pois curar os enfermos é parte do evangelho. MS 238 1 Alcançar o povo exatamente onde estiver, seja qual for sua posição, não importando sua condição, e ajudá-lo de todo modo possível, é ministério evangélico. Pode ser necessário que os ministros vão ao lar das pessoas doentes, e digam: "Estou pronto a ajudar-vos, e farei o melhor que puder. Não sou médico, mas sou pastor, e estou pronto a servir em favor dos enfermos e aflitos." Os que estão enfermos do corpo, quase sempre estão doentes também da alma; e quando a alma está doente, o corpo fica doente. -- Manuscrito 62, 1900. Para abrir portas MS 238 2 A mão direita é utilizada para abrir portas pelas quais o corpo possa ter entrada. Esta é a parte que a obra médico-missionária deve desempenhar. Ela deve em grande medida preparar o caminho para a recepção da verdade para este tempo. Um corpo sem mãos é inútil. Dando-se honra ao corpo, deve dar-se honra também às mão ajudadoras, que são instrumentos de tal importância que sem elas o corpo não pode fazer nada. Portanto o corpo que trata indiferentemente a mão direita, recusando seu auxílio, não está habilitado a realizar nada. ... MS 238 3 Através de todo este país deve fazer-se uma obra que ainda não foi feita. A obra médico-missionária precisa ser reconhecida. Os que saem para empenhar-se na obra do ministério precisam ser entendidos na questão da reforma de saúde. Aqueles homens que, após a experiência de muitos anos, ainda não apreciam a obra médico-missionária, não devem ser indicados para presidir sobre nossas igrejas. Não estão andando na luz da verdade presente. Os que amam a verdade e estimam a questão da temperança em todos os seus aspectos, não devem ser postos sob a direção de um obreiro que não abraçou a luz que Deus deu sobre a reforma de saúde. Que ajuda pode um homem ser para uma igreja se não está andando na luz? Nenhuma outra obra tão bem-sucedida MS 239 1 Em campos novos nenhuma obra é tão bem-sucedida como a obra médico-missionária. Se nossos obreiros trabalhassem com fervor para obter preparo em setores médico-missionários, estariam muito melhor capacitados para fazer a obra que Cristo fez como médico-missionário. Mediante diligente estudo e prática, podem tornar-se tão bem familiarizados com os princípios da reforma de saúde que, aonde quer que vão, serão uma grande bênção para as pessoas que encontram. MS 239 2 Por trinta anos a necessidade da reforma de saúde tem sido apresentada diante de nosso povo. Mediante a prática de seus princípios simples, os doentes e sofredores são aliviados, e campos que de outro modo não poderiam ser atingidos, tornam-se interessantíssimos campos de ação. As sementes da verdade, lançadas em boa terra, produzem colheita abundante. ... Demonstração da compaixão de Cristo MS 239 3 A obra médico-missionária traz à humanidade o evangelho de libertação do sofrimento. É a obra pioneira do evangelho. E o evangelho praticado, a compaixão de Cristo revelada. Há grande necessidade desta obra, e o mundo está aberto para ela. Deus queira que a importância da obra médico-missionária seja compreendida, e que novos campos possam ser imediatamente penetrados. Então a obra do ministério será conforme a ordem do Senhor: os enfermos serão curados, e a pobre e sofredora humanidade será abençoada. MS 239 4 Iniciai a obra médico-missionária com os recursos que tiverdes à mão. Descobrireis que assim o caminho estará aberto para dardes estudos bíblicos. O Pai celestial vos colocará em associação com os que precisam saber como tratar os seus doentes. Ponde em prática o que sabeis a respeito de tratamento de enfermidades. Assim serão aliviados os sofredores, e tereis oportunidade de repartir o pão da vida com almas famintas. ... Traz raios de brilho celestial MS 239 5 A prática da obra médico-missionária leva raios de brilho celestial às almas cansadas, perplexas, sofredoras. É uma fonte aberta para o caminhante cansado e sedento. Anjos de Deus estão presentes em cada obra de misericórdia, cada obra de amor. Os que vivem muito perto do Céu refletirão o brilho do Sol da Justiça. ... É verdadeiro ministério MS 240 1 Lede cuidadosamente as Escrituras, e verificareis que Cristo usou a maior parte do Seu ministério na restauração à saúde dos sofredores e aflitos. Assim fez refluir sobre Satanás a responsabilidade dos males que o inimigo de todo bem tem originado. Satanás é o destruidor; Cristo é o restaurador. E em nossa obra como colaboradores de Cristo, seremos bem-sucedidos se trabalharmos nos setores de prática. Pastores, não limiteis vosso trabalho a instrução bíblica. Fazei trabalho prático. Procurai restituir a saúde aos enfermos. Isto é verdadeiro ministério. Lembrai-vos de que a restauração do corpo prepara o caminho para a restauração da alma. -- Manuscrito 55, 1901. Instrumento eficaz MS 240 2 Quando associada com outros setores do empenho evangélico, a obra médico-missionária é um eficacíssimo instrumento pelo qual o terreno é preparado para a semeadura das sementes da verdade, e instrumento também pelo qual é a messe colhida. A obra médico-missionária é a mão ajudadora do ministério evangélico. Até onde seja possível, seria bom que os obreiros evangélicos aprendessem a atender às necessidades do corpo como às da alma; pois em fazendo isto, estão seguindo o exemplo de Cristo. A intemperança tem quase enchido o mundo de enfermidades, e os ministros do evangelho não podem gastar o seu tempo e forças no alívio a todos que necessitam de ajuda. O Senhor ordenou que médicos e enfermeiros cristãos trabalhem em associação com os que pregam a Palavra. A obra médico-missionária deve estar ligada com o ministério evangélico. -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1908. Encorajar os obreiros MS 240 3 Pedimos agora aos que forem escolhidos como presidentes de nossos campos que façam uma abertura adequada em lugares onde nada tem sido feito. Reconhecei a obra médico-missionária como a mão ajudadora de Deus. Como instrumento Seu, por Ele designado, ela deve ter oportunidade e ser encorajada. MS 240 4 Devem os médicos-missionários receber tanto estímulo quanto qualquer evangelista credenciado. Orai com esses obreiros. Aconselhai-os se necessitarem de conselho. Não descoroçoeis seu zelo e energia. Cuidai de que por vossa própria consagração e devoção estejais mantendo uma elevada norma diante deles. Há grande necessidade de obreiros na vinha do Senhor, e nenhuma palavra de desânimo deve ser proferida aos que se consagram à obra. -- Manuscrito 33, 1901. O pior mal MS 241 1 Meus irmãos, o Senhor pede união, unidade. Devemos ser um na fé. Quero dizer-vos que quando ministros do evangelho e obreiros na atividade médico-missionária não estão unidos, lança-se sobre nossas igrejas o pior mal possível. Nossos médicos-missionários devem estar interessados na obra de nossas associações, e os obreiros de nossas associações devem estar da mesma forma interessados na obra de nossos médicos-missionários. -- Manuscrito 46, 1904. Meio para alcançar os corações MS 241 2 A obra médico-missionária precisa ter os seus representantes em nossas cidades. Devem-se criar centros e estabelecer missões em setores corretos. Os ministros do evangelho devem unir-se com a obra médico-missionária, a qual tem-me sido sempre apresentada como a obra que deve derribar preconceitos existentes em nosso mundo contra a verdade. MS 241 3 A obra médico-missionária está crescendo em importância, e reclama a atenção das igrejas. Ela é parte da mensagem do evangelho, e deve ser reconhecida. É o meio ordenado pelo Céu para encontrar entrada no coração do povo. É dever dos membros de nossa igreja em toda parte seguir a instrução do Grande Mestre. A mensagem do evangelho deve ser pregada em cada cidade, pois isto está em harmonia com o exemplo de Cristo e Seus discípulos. Devem os médicos-missionários procurar paciente e ferventemente as classes mais altas. Se esta obra for feita fielmente, homens de profissões tornar-se-ão treinados evangelistas. -- Manuscrito 33, 1901. Fervoroso apelo a médicos MS 241 4 Estou preocupada pelo fato de que tanta coisa comprometa a mente de nossos médicos, impedindo-os de fazer a obra que Deus gostaria fizessem como evangelistas. Pela luz que Deus me tem dado eu sei que se necessita grandemente de pregadores em pessoa, que sejam consagrados e devotados, e que saibam como pôr sua confiança em Deus. Precisamos de cem obreiros onde agora temos um só. Há uma grande obra a fazer, antes que a oposição satânica feche o caminho e se percam nossas oportunidades de trabalho. O tempo escoa-se rápido. Nossas publicações são numerosas, mas o Senhor pede que os homens e mulheres de nossas igrejas, os quais possuam a luz, se empenhem em genuíno trabalho missionário. Com toda a humildade, ponham em uso os talentos que Deus lhes deu, proclamando a mensagem que deve ser dada ao mundo neste tempo. MS 242 1 Espero que empenheis todas as vossas aptidões nesta obra. Apresentai a importância da verdade presente do ponto de vista do médico. O Senhor declarou que o médico educado há de ter entrada em nossas cidades, onde outros não a conseguiriam. Ensinai a mensagem da reforma da saúde. Isto terá influência junto do povo. MS 242 2 Estudemos a Bíblia e ensinemos as palavras da verdade. Façamos como fizeram os apóstolos de Cristo; oremos pelos doentes, pois existem muitos que não podem ter as vantagens de nossos sanatórios. O Senhor removerá enfermidades, em resposta à oração. Os obreiros evangélicos devem ser capazes de apresentar o assunto da reforma da saúde em sua simplicidade. Se este aspecto da verdade presente for apresentado de modo claro, simples, à maneira de Cristo, terá efeito sobre o povo. Muitos corações corresponderão. -- Carta 128, 1909. Muitos salvos da degradação MS 242 3 Foi-me mostrado que a obra médico-missionária descobrirá, nas próprias profundezas da degradação, homens que outrora possuíam mentalidade culta, ricas aptidões, e que, mediante o trabalho adequado, serão salvos de seu estado decaído. A verdade tal qual é em Jesus, é que tem de ser apresentada ao espírito dos homens, depois de terem recebido compassivo cuidado e sido satisfeitas as suas necessidades físicas. O Espírito Santo está operando e cooperando com os instrumentos humanos que trabalham por essas almas, e alguns apreciarão poder apoiar sua fé religiosa numa rocha. MS 242 4 Não deve haver comunicação sensacional de doutrinas estranhas a essas pessoas que Deus ama e de quem Se compadece; mas ao serem ajudados fisicamente pelos obreiros médico-missionários, o Espírito Santo coopera com os instrumentos humanos, para despertar as faculdades morais. Despertam-se à atividade as faculdades mentais, e essas pobres almas, muitas delas, serão salvas no reino de Deus. -- Special Testimonies for Ministers and Workers, 11:32. Os pobres não devem ser negligenciados MS 243 1 Estamos vivendo nos últimos dias da história da Terra, e a obra médico-missionária deve ser tudo que o nome significa. Aos pobres deve o evangelho ser pregado. O homem pobre, tanto quanto o rico, é objeto do especial cuidado e atenção de Deus. Excluí a pobreza, e não teremos meios de compreender a misericórdia e o amor de Deus, nem de conhecer o compassivo e indulgente Pai celestial. MS 243 2 Os que possuem a verdade para estes últimos dias levarão uma mensagem adaptada aos pobres. Dir-se-ia que o evangelho foi inspirado para alcançar esta classe. Cristo veio à Terra para andar e trabalhar entre os pobres. Aos pobres Ele pregou o evangelho. Sua obra é o evangelho manifestado em setores médico-missionários -- em justiça, misericórdia e o amor de Deus, que é o fruto certo produzido, porque a árvore é boa. E hoje, na pessoa de Seus filhos operosos e crentes, que se movem sob a guia do Espírito Santo, Cristo visita os pobres e necessitados, amenizando as necessidades e aliviando o sofrimento. -- Carta 83, 1902. Trabalho pelos ricos MS 243 3 Os que põem em prática a aptidão que Deus lhes deu para conversão à verdade da classe intelectual, culta, rica e absorvida pelo mundo, estão fazendo um trabalho bom e essencial. Muitos consideram esta classe como sem esperança, e pouco fazem para abrir os olhos daqueles que, cegados e ofuscados pelo poder de Satanás, perderam de vista a eternidade. Mas aqui está um campo de trabalho que não deve ser negligenciado. Essas pessoas são mordomos a quem Deus confiou importantes recursos. Devemos aproximar-nos desta classe, pois sei que muitos deles são almas sobrecarregadas; anseiam por alguma coisa que não sabem o que seja. MS 243 4 Se salvos para Jesus Cristo, serão úteis instrumentos nas mãos de Deus para comunicar a luz a outros. Se convertidos à verdade, terão a preocupação especial de atrair para a luz outras almas desta classe negligenciada. Sentirão que uma dispensação do evangelho é-lhes cometida em favor daqueles que fizeram do mundo o seu deus. Necessitam do despertamento que o Espírito Santo de Deus pode prover-lhes, e os que possuem conhecimento experimental da verdade estão diante de Deus na obrigação de comunicar a preciosa luz à alma amante do mundo e pelo mundo absorvida. MS 244 1 Alguns serão convencidos e darão ouvidos às palavras a eles proferidas em amor e bondade. Reconhecerão que a verdade é precisamente aquilo de que necessitam para verem-se livres da escravidão do pecado e do cativeiro dos princípios do mundo. Diante deles serão abertos temas de reflexão, campos de ação que jamais compreenderam. MS 244 2 Em Jesus, o Redentor, eles discernem infinita sabedoria, infinita justiça, infinita misericórdia -- profundidade, altura, comprimento e largura do amor que excede todo entendimento. Contemplando a perfeição do caráter de Cristo, contemplando Sua missão, Seu amor, Sua graça, Sua verdade, ficam fascinados. A grande necessidade da alma é satisfeita, e eles dirão com o salmista: "Satisfar-me-ei com a Tua semelhança, quando acordar". Eles vêem ser Jesus Cristo o divino objeto da fé e amor; para eles chegou ao fim o amor do mundo, a adoração de tesouros terrestres. ... Mediante esforços pessoais a fé viva MS 244 3 Deus apreciaria fosse a verdade aberta a homens a quem Ele concedeu dotes especiais, mas que são ignorantes da grande necessidade da alma. Alguns há que são especialmente capacitados para empenhar-se nesta obra; há os que deviam buscar ao Senhor diariamente, estudando como alcançar as pessoas desta classe, não meramente fazer com eles um casual relacionamento, mas para retê-los mediante esforço pessoal e fé viva, manifestando profundo amor por sua alma, real preocupação de que tenham o conhecimento da verdade como é apresentada na Palavra de Deus. ... MS 244 4 Esta classe tem sido lamentavelmente negligenciada. Os obreiros têm julgado os homens pela aparência, tomando como decidido que trabalhariam em vão. Mas essas pessoas a quem Deus tem dotado, ministros e povo, devem ser cativadas pela mão da viva fé. Apeguem-se os obreiros às promessas de Deus, dizendo: "Tu prometeste: 'Pedi, e recebereis." Eu preciso que esta alma se converta a Jesus Cristo." Solicitai orações pelas almas por quem trabalhais; apresentai-as perante a igreja como objetos de súplica. Será justamente o que a igreja necessita, para ter sua mente desviada de suas pequenas e prediletas dificuldades, sentir grande fardo, pessoal interesse por uma alma que esteja prestes a perecer. Selecionai uma nova alma, e ainda outra, buscando diariamente guia de Deus, em Suas mãos depondo tudo em fervente oração, e trabalhando na sabedoria divina. Ao fazerdes isto, vereis que Deus dará o Espírito Santo para convencer a alma, e o poder da verdade para convertê-la. MS 245 1 Foi-me mostrado que milhares de homens ricos têm ido para a sepultura sem advertência, porque têm sido julgados pela aparência, e passados por alto como pacientes desenganados. O Senhor deseja que este estado de coisas seja mudado. Que homens judiciosos assumam a obra, homens que até agora nada fizeram neste sentido, porque lhes parecia inútil e sem esperança. Esta é uma obra grande e importante, e Deus dotará de sabedoria a homens que a assumam. MS 245 2 Não será por algum contato casual, acidental, que essas almas ricas, amantes e adoradoras do mundo, serão atraídas para Cristo. Esforços decididos e pessoais devem ser feitos por homens e mulheres imbuídos de espírito missionário, os quais não falhem nem se deixem desencorajar. O mensageiro de Deus deve ter sempre em mente que o Universo do Céu há muito tem estado a esperar a fim de cooperar com os instrumentos humanos nesta obra que tem sido evitada e negligenciada. -- Carta 47, 1894. Valor da obra médica MS 245 3 Alguns deixam completamente de compreender a importância de serem os missionários também missionários médicos. O ministro do evangelho será duplamente bem-sucedido em seu trabalho se sabe como tratar enfermidades. Luz continuamente crescente tem-me sido concedida sobre este assunto. Alguns, que não vêem a vantagem de educar os jovens para que sejam médicos tanto da mente como do corpo, dizem que o dízimo não deve ser usado para sustentar médicos-missionários, que dedicam o seu tempo ao tratamento de doentes. Em resposta a tais afirmações, sou instruída a dizer que a mente não deve tornar-se tão estreita que não possa apreender a verdade da situação. Um ministro do evangelho que seja também médico-missionário, que pode curar também enfermidades físicas, é um obreiro muito mais eficiente do que aquele que não o pode fazer. Sua obra como ministro do evangelho é muito mais completa. ... Derribará o preconceito MS 246 1 Ao cuidar o médico-missionário do enfermo, se estiver bem equipado com conhecimento e com instrumentos para pôr este conhecimento em prática, quebrará sem dúvida o preconceito. As mulheres devem ser preparadas em setores médico-missionários, de modo que ao sair para países pagãos, possam ajudar às irmãs que necessitam de ajuda. Em Seu serviço o Senhor abrirá portas por onde Sua Palavra possa encontrar entrada. MS 246 2 Viver o evangelho, manter os seus princípios -- eis um cheiro de vida para a vida. Portas que se têm fechado para aquele que meramente prega o evangelho, abrir-se-ão para o inteligente médico-missionário. Deus alcança os corações mediante o alívio dos sofrimentos físicos. Uma semente de verdade é depositada na mente, sendo regada por Deus. Muita paciência pode ser necessária antes que esta semente mostre sinais de vida, mas afinal brota, e produz fruto para a vida eterna. MS 246 3 Como são lentos os homens em compreender a preparação de Deus para o dia do Seu poder! Deus opera hoje para alcançar os corações da mesma maneira em que operava quando Cristo esteve na Terra. Ao ler a Palavra de Deus, vemos que Cristo empregou obra médico-missionária em todo o Seu ministério. Não podem os nossos olhos ser abertos para discernir os métodos de Cristo? Não podemos compreender a missão que Ele deu a Seus discípulos e a nós? -- Manuscrito 58, 1901. O que o enfermeiro-missionário pode fazer MS 246 4 Há muitos setores de trabalho a serem conduzidos pelo enfermeiro-missionário. Há oportunidades abertas para que enfermeiros bem preparados vão a famílias e procurem despertar interesse na verdade. Em quase toda comunidade há grande número de pessoas que não freqüentam qualquer serviço religioso. Se devem ser alcançadas pelo evangelho, este deve ser levado a seus lares. Não raro é o alívio de suas necessidades físicas o único caminho pelo qual se pode deles aproximar. Ao cuidar o enfermeiro-missionário dos enfermos e aliviar a aflição dos pobres, encontrarão muitas oportunidades de orar com eles, de ler-lhes a Palavra de Deus, de falar-lhes do Salvador. Podem orar com e pelos desajudados que não têm força de vontade para controlar o apetite que as paixões degradaram. Podem levar um raio de esperança à vida dos derrotados e descoroçoados. Seu amor altruísta, manifestado em atos de desinteressada bondade, tornará mais fácil a esses sofredores crer no amor de Cristo. Sem qualquer incentivo de louvor MS 247 1 Muitos não têm fé em Deus e perderam a confiança no homem. Mas apreciam ver atos de simpatia e prestatividade. Ao verem alguém sem qualquer incentivo de louvor terrestre ou compensação aproximar-se de seus lares, ajudando os enfermos, alimentando os famintos, vestindo os nus, confortando os tristes e ternamente chamando a atenção para Aquele de cujo amor e piedade o obreiro humano é apenas mensageiro -- ao verem isto, seu coração é tocado. Brota a gratidão, e fé é inspirada. Vêem que Deus cuida deles, e ao ser Sua Palavra aberta, estão preparados para ouvi-la. -- The Review and Herald, 9 de Maio de 1912. Eficiência e poder MS 247 2 A apresentação dos princípios da Bíblia por um médico inteligente terá grande peso para muitas pessoas. Há eficácia e poder naquele que pode combinar em sua influência a obra do médico e a do ministro do evangelho. Sua obra se recomenda ao bom discernimento das pessoas. -- Conselhos Sobre Saúde, 546. O exemplo que Cristo nos deu MS 247 3 Cristo nos deu o exemplo. Ele ensinava as verdades evangélicas extraídas das Escrituras, e também curava os doentes que iam a Ele em busca de alívio. Foi o maior médico que o mundo já conheceu, e não obstante aliava à Sua obra de curar a transmissão da verdade que salva a alma. MS 247 4 Assim devem os nossos médicos trabalhar. Estão fazendo a obra do Senhor quando trabalham como evangelistas, dando instrução quanto à maneira em que a alma pode ser curada pelo Senhor Jesus. Todo médico deve saber orar com fé em favor do enfermo, bem como aplicar o tratamento apropriado. Ao mesmo tempo deve ele trabalhar como um dos ministros de Deus, ensinar o arrependimento, a conversão e a salvação da alma e do corpo. Essa combinação de trabalho lhe aumentará a experiência e ampliará grandemente a sua influência. MS 247 5 Uma coisa sei: a maior obra dos nossos médicos é obter acesso às pessoas do mundo de maneira correta. Há um mundo a perecer no pecado, e quem se encarregará do trabalho em nossas cidades? O maior médico é aquele que anda nas pegadas de Jesus Cristo. -- Conselhos Sobre Saúde, 543, 544. Ministérios que se misturam MS 248 1 O médico deve revelar o mais elevado preparo em sua habilidade para indicar o Salvador do mundo como Aquele que pode curar e salvar a alma e o corpo. Isto dá aos enfermos um encorajamento que é do mais alto valor. O auxílio ao físico e ao espiritual devem misturar-se, levando os afligidos a confiar no poder do Médico celestial. Aqueles que, ao mesmo tempo que dando os tratamentos devidos também se dispõem a orar suplicando a graça restauradora de Cristo, inspirarão fé ao espírito dos pacientes. Sua própria conduta será uma inspiração aos que supunham ser o seu caso sem esperança. MS 248 2 Esta é a razão por que foram estabelecidos os nossos sanatórios -- dar coragem ao desesperançado mediante a união da oração da fé com o tratamento adequado, e instrução sobre o correto modo físico e espiritual de vida. Por meio de tal auxílio, muitos hão de ser convertidos. Os médicos em nossos sanatórios devem dar a clara mensagem evangélica de cura para a alma. -- Carta 146, 1909. Médicos como evangelistas em cidades MS 248 3 Os que são médicos cristãos podem fazer um precioso trabalho para Deus como médicos-missionários. Demasiadas vezes tanta coisa ocupa a mente dos médicos que eles são impedidos de fazer a obra que Deus deseja que façam como evangelistas. Apresentem os obreiros médicos as importantes verdades da mensagem do terceiro anjo do ponto de vista do médico. Médicos de consagração e talento podem garantir-se um auditório em grandes cidades quando outros homens falhariam. Ao unirem-se os médicos com os ministros na proclamação do evangelho nas grandes cidades da Terra, seus combinados esforços resultarão em influenciar muitas mentes em favor da verdade para este tempo. MS 248 4 Pela luz que Deus me tem dado, sei que Sua causa hoje está em grande necessidade de representantes pessoais da verdade bíblica. Os ministros ordenados, somente, não podem fazer face a esta tarefa. Deus está chamando não somente os ministros, mas também os médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados membros leigos que tenham conhecimento da verdade presente, para que se considerem as necessidades das cidades não advertidas. Deve haver uma centena de crentes ativamente empenhados em trabalho missionário pessoal, onde agora só existe um. O tempo está passando rapidamente. Há muito trabalho a ser feito antes que a oposição satânica feche o caminho. Todos os recursos devem ser postos em operação, a fim de que as oportunidades presentes possam ser sabiamente aproveitadas. -- The Review and Herald, 7 de Abril de 1910. Um duplo serviço MS 249 1 Necessitais grandemente que a divina sabedoria vos capacite a servir em duas posições de responsabilidade: como hábeis médicos e como pregadores do evangelho. Deve haver conversão diária para que se misture com sucesso o trabalho pelo corpo com o que se faz pela alma. Não vos posso dizer em pormenores como isto exatamente deve ser feito, mas sei que podeis fazer importante trabalho no ministério da Palavra, na instrução de almas por quem trabalheis, de modo a levá-las a crer em Jesus Cristo. -- Carta 64, 1910. Enviados de dois em dois MS 249 2 Médicos-missionários é o que se necessita em todo o campo. Os colportores devem aproveitar toda oportunidade que tiverem para aprender a tratar enfermidades. Devem os médicos lembrar-se de que muitas vezes serão convocados para realizar os deveres de um pastor. Os médicos-missionários vêm sob o título de evangelistas. Os obreiros devem ir de dois em dois, para que possam orar juntos e consultar-se mutuamente. Jamais devem ser enviados sozinhos. O Senhor Jesus enviou de dois em dois os Seus discípulos a todas as cidades de Israel. Deu-lhes a missão: "Curai os enfermos que nela houver, e anunciai-lhes: a vós outros está próximo o reino de Deus." MS 249 3 Somos instruídos pela Palavra de Deus de que o evangelista é um professor. Ele deve também ser um médico-missionário. Mas não se deve dar a todos a mesma obra. "Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo." ... MS 250 1 Os que trabalham em nossos campos como obreiros devem familiarizar-se com a obra de ajudar os enfermos. Nenhum obreiro deve orgulhar-se de ser ignorante naquilo em que deve ser sábio. A obra médico-missionária associa o homem com o próximo e com Deus. A manifestação de simpatia e confiança não deve estar limitada pelo tempo e pelo espaço. -- Manuscrito 33, 1901. Cooperação MS 250 2 Deus deu instruções quanto ao modo em que o trabalho deve ser feito. Em nossas reuniões campais encontramos todas as classes de pessoas, elevadas e humildes, ricas e pobres. Ninguém é excluído. E desejo do Senhor que o que houver de melhor em termos de médicos-missionários seja mantido em prontidão para cooperar com os ministros do evangelho. Eles devem ser um com Cristo, homens por cujo intermédio Deus possa trabalhar. O Senhor deseja que Sua obra progrida em linhas reformatórias. Durante nossas reuniões campais deve fazer-se genuíno trabalho médico-missionário. MS 250 3 Nenhuma linha deve ser traçada entre o genuíno trabalho médico-missionário e o ministério evangélico. Os dois devem ser misturados. Não devem permanecer à parte, cada um deles como setor separado da obra. Devem estar associados em inseparável união, assim como a mão está ligada ao corpo. Os que trabalham em nossas instituições devem dar provas de que compreendem a parte que lhes toca no genuíno trabalho evangélico médico-missionário. Uma solene dignidade deve caracterizar os genuínos médicos-missionários. Devem ser homens que compreendam e conheçam a Deus e o poder de Sua graça. Despir-se de todo egoísmo MS 250 4 Qualquer que possa ser nossa arrecadação ou lucros, devem os campos conservar-se livres de todo traço de egoísmo. De igual forma deve nossa obra médico-missionária ser despida de todo egoísmo, e promovida segundo a ordem de Deus. Os diferentes setores de trabalho devem sustentar-se mutuamente. -- Carta 102, 1900. Pessoas santas e devotadas MS 250 5 Pessoas santas e devotadas, tanto homens como mulheres, são necessárias agora, a fim de irem como médicos-missionários. Cultivem eles ao máximo suas faculdades físicas e mentais e sua piedade. Todo esforço deve ser feito para enviar obreiros inteligentes. A mesma graça que veio de Jesus Cristo para Paulo e Apolo, que os levou a distinguir-se por sua excelência espiritual, pode ser recebida agora, e introduzirá no sistema de trabalho muitos missionários dedicados. MS 251 1 Que não suceda um grande número cruzar os braços, dizendo: "oh, sim, que tais e tais pessoas vão para campos novos", enquanto eles mesmos não se entregam a nenhum trabalho desinteressado, abnegado, esperando que a obra que o Senhor lhes cometeu seja feita por outrem. Há os que se estiverem dispostos a negar-se a si mesmos e tomar a cruz, verificarão que Deus Se comunicará com eles tão certamente como o fez com Paulo e Barnabé. Esses são representativos daquilo que muitos deviam ser. "Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nEle crê não será confundido. Pois não há diferença entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos que O invocam." -- Special Testimonies Relating to Medical Missionary Work, 8 (1893). Sinal distintivo MS 251 2 A verdadeira compaixão entre o homem e seus semelhantes, deve ser o sinal que distingue os que amam e temem a Deus, dos que são indiferentes quanto a Sua lei. Quão grande foi a compaixão que Cristo expressou, ao vir a este mundo para dar a vida em sacrifício de um mundo moribundo! Sua religião levava à prática de genuíno trabalho médico-missionário. Era Ele um poder restaurador. "Misericórdia quero, e não sacrifícios", disse Ele. Este é o teste que o Grande Autor da verdade usava para distinguir a verdadeira religião, da falsa. Deus quer que Seus médicos-missionários procedam com a ternura e compaixão que Cristo mostraria se estivesse em nosso mundo. -- Manuscrito 117, 1903. A verdadeira caridade MS 252 3 É apenas mediante o interesse altruísta por aqueles que estão em necessidade de auxílio que damos uma demonstração prática das verdades do evangelho. "Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa, e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos, e fartai-vos, sem, contudo, lhes dardes o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta." "Agora, pois, permanecem, a fé, a esperança e o amor, estes três: porém o maior destes é o amor." Muito mais do que mero sermonizar está incluído na pregação do evangelho. Os ignorantes devem ser esclarecidos; os desanimados devem ser erguidos; os enfermos devem ser curados. A voz humana precisa desempenhar a sua parte na obra de Deus. Palavras de bondade, simpatia, amor, devem ser testemunhas da verdade. Orações sinceras, fervorosas, devem aproximar os anjos. -- An Appeal for a Medical Missionary College, 13, 14. Atmosfera de amor MS 252 1 Visitar os enfermos, confortar os pobres e os tristes, por amor de Cristo, trará aos obreiros os brilhantes raios do Sol da Justiça, e até o semblante expressará a paz que vai no íntimo da alma. A face de homens e mulheres que falam com Deus, pessoas a quem o mundo invisível é uma realidade, exprime a paz de Deus. Eles levam consigo a suave e benigna atmosfera do Céu, e difundem-na em obras de bondade e atos de amor. Sua influência é de tal natureza que conquista almas para Cristo. Se todos pudessem ver e compreender, e ser praticantes das palavras de Deus, que paz, que felicidade, que saúde do corpo e da alma não haveria de ser o resultado! Uma cálida, bondosa atmosfera de amor, a piedosa ternura de Cristo na alma, não podem ser devidamente estimadas. O preço do amor está acima do ouro e da prata e de pedras preciosas, e torna os instrumentos humanos semelhantes Àquele que viveu não para agradar a Si mesmo. -- Carta 43, 1895. Semeando e colhendo MS 252 2 Não se tem dito uma só palavra a mais na exaltação e louvor da genuína obra médico-missionária. Unida a outros setores da obra do evangelho, a obra médico-missionária é o instrumento pelo qual é o terreno preparado para a semeadura da semente da verdade, e também o instrumento por cujo intermédio a messe é colhida. Se todos os nossos ministros tivessem recebido e praticado a luz que Deus deu sobre a reforma de saúde, os necessitados e os desvalidos seriam envolvidos em todo esforço evangelístico, em extensão muito maior do que têm sido. Com a obra médico-missionária atuando como a mão auxiliadora do ministério evangélico, os enfermos seriam restaurados à saúde, e muitas almas seriam conduzidas à luz. ... MS 252 3 O evangelho de Cristo deve estar unido com a obra médico-missionária, e esta com o ministério evangélico. O mundo necessita de esforços de médicos-missionários que estejam unidos com a mensagem do evangelho. Os ministros do evangelho não podem gastar o seu tempo e força fazendo o trabalho que precisa ser feito neste setor, mas pela influência da pena e pela voz podem fortalecer esta obra. Devem considerá-la como a mão ajudadora do evangelho, a ela se referindo com grande apreciação como o meio de preparar os corações para a semeadura da semente da verdade, e de levar muitas almas a Cristo. Pastores devem combater as enfermidades MS 253 1 O pastor será muitas vezes chamado a agir como se fosse médico. Ele deve ter um preparo que o habilite a administrar os remédios mais simples para alívio de sofredores. Pastores e obreiros bíblicos devem preparar-se para este ramo da obra; pois fazendo-a, estão seguindo o exemplo de Cristo. Devem estar tão bem preparados pela educação e pela prática para combater enfermidades do corpo, como estão para curar a alma enferma do pecado ao indicar-lhe o Grande Médico. Eles estão dando cumprimento à missão que Cristo deu aos doze e mais tarde aos setenta: "Em qualquer cidade em que entrardes... curai os enfermos que nela houver, e anunciai-lhes: a vós outros está próximo o reino de Deus." Cristo Se coloca ao seu lado, tão pronto a curar os enfermos como quando esteve em pessoa na Terra. -- Manuscrito 88, 1902. Tão perfeitos como ele MS 253 2 Nossa obra é procurar alcançar em nossa esfera de ação a perfeição que Cristo alcançou em Sua vida terrena, em cada aspecto de Sua personalidade. Ele é nosso exemplo. Em todas as coisas devemos procurar honrar a Deus em caráter. O ficar diariamente aquém dos reclamos divinos constitui perigo para a salvação de nossa alma. Precisamos compreender e apreciar o privilégio de que Cristo nos investe, e mostrar nossa determinação de alcançar a mais elevada norma. Devemos confiar inteiramente no poder que Ele nos prometeu dar. MS 253 3 Pouco antes de fazer este pedido, o Salvador disse a Seus discípulos: "Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem." Devemos amar os nossos inimigos com o mesmo amor que Cristo mostrou para com os Seus inimigos, ao dar Sua vida para salvá-los. Muitos podem dizer: "Este é um mandamento difícil, pois eu quero ficar o mais longe possível de meus inimigos." Mas agir de acordo com vossa natural inclinação não seria praticar os princípios que nosso Salvador nos deu. "Fazei bem aos que vos odeiam", Ele diz, "e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos." Este passo escriturístico ilustra uma fase da perfeição cristã. Enquanto ainda éramos inimigos de Deus, Cristo deu Sua vida por nós. Devemos seguir o Seu exemplo. Amai os vossos inimigos MS 254 1 Preciso escrever ainda mais sobre o texto: "Amai os vossos inimigos bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu Sol sobre maus e bons, e vir chuvas sobre justos e injustos. ... Portanto, sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste". Tenho-me sentido profundamente impressionada com estas palavras. Precisamos compreender o seu verdadeiro significado. Se representássemos o caráter de Cristo mediante obediência a este requisito, haveria grande mudança nos obradores do mal. Muitas almas seriam convencidas de sua pecaminosidade e convertidas por meio das impressões nelas feitas por nossa recusa em nos ofendermos pelas más ações dos que são controlados pelos instrumentos satânicos. Precisamos determinadamente e com espírito de oração trabalhar do lado do Senhor. Em todos os exemplos de provocação da alma, precisamos resistir ao mal e recusar injuriar o malfeitor. MS 254 2 Representemos diariamente o grande amor de Cristo, amando os nossos inimigos como Cristo os ama. Se assim representássemos a graça de Cristo, fortes sentimentos de ódio seriam subjugados e o amor genuíno de Cristo seria levado a muitos corações. Ver-se-iam muito mais conversões do que se vêem agora. Certo nos custará alguma coisa o fazer isto. Se os ministros que pregam a Palavra, e os que ocupam preeminentes posições na obra médico-missionária, considerassem como seu especial dever praticar os ensinos da Palavra na vida diária, colocando-se a si mesmos sob a disciplina dos reclamos de Cristo e trabalhando sob Sua autoridade, sua coerente conduta levaria muitos a se afastarem da tirania do serviço de Satanás e a tomar posição sob a ensangüentada bandeira do Príncipe Emanuel. Uma ampliada experiência MS 255 1 De novo é minha mente exercitada sobremodo em relação a nosso comportamento e formação de caráter nesta vida. Professadamente temos tomado nossa posição ao lado do Senhor, a fim de representar nesta má geração a íntima relação que o cristão desfruta com Deus, e com Jesus Cristo a quem Ele enviou. É certamente nosso privilégio ampliar nossa experiência, aprofundar nossa consagração, e entrar em mais íntimo contato com nosso Pai celestial, pondo nossa vontade e nosso caminho em conformidade com Sua vontade e o Seu caminho. MS 255 2 Minha oração esta manhã é muito fervorosa e insistente, de que na luta cristã não falhemos nem nos desanimemos. "Há uma luz no alto", uma Voz me diz, e em resposta desvio os meus olhos do que é terreno e desanimador, e olho para o celestial, orando ferventemente para que o povo de Deus possa mais distinta e impressivamente compreender a dignidade que nosso Pai celestial nos tem conferido, ao nos chamar para representar diante do mundo, em carne pecaminosa, Sua bondade e misericórdia. Sobre nós, tanto quanto sobre os ingratos e ímpios, Ele derrama Suas inumeráveis bênçãos. Devemos expressar-Lhe nosso agradecimento por nos haver aceito como obreiros para cooperar com o Senhor Jesus Cristo. MS 255 3 Os que pregam a Palavra do Senhor devem viver o que ensinam. Se recebemos a graça de Deus no coração, precisamos revelar esta graça a outros em cada palavra e em cada ato. Os que se demoram na longanimidade e misericórdia de Cristo precisam praticar Sua paciência e longanimidade, e jamais revelar um espírito de despótica injustiça para com seus irmãos ou outras pessoas. Fazer o que é certo sem se importar com os resultados MS 255 4 Alguns dirão: "Como podemos fazer isto? Estaríamos permitindo que inescrupulosos e maquinadores tirassem vantagem de nós." Lembrai-vos de que o discípulo deve fazer a vontade de seu mestre. Não devemos arrazoar quanto aos resultados; pois então nos manteríamos sempre ocupados e sempre em incerteza. Precisamos chegar ao ponto de reconhecer plenamente o poder e a autoridade da Palavra de Deus, quer ela concorde ou não com nossas opiniões preconcebidas. Temos um perfeito Livro-guia. O Senhor nos falou a nós; e sejam quais forem as conseqüências, devemos receber Sua Palavra e praticá-la na vida diária, de outro modo estaremos escolhendo nossa própria versão do dever, e fazendo exatamente o oposto daquilo que nosso Pai celestial nos mandou fazer. MS 256 1 Não somos de nós mesmos, para agirmos segundo nossa própria escolha. Somos chamados para ser representantes de Cristo. Fomos comprados por um preço. Como escolhidos filhos e filhas de Deus, devemos ser filhos obedientes, agindo de acordo com os princípios do Seu caráter como revelados por meio de Seu Filho. MS 256 2 Jesus disse: "Fazei bem aos que vos odeiam." Quanto podemos alcançar por seguir esta instrução jamais conseguiremos avaliar. "Orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que vos torneis filhos de vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu Sol sobre maus e bons, e vir a chuva sobre justos e injustos." MS 256 3 Não são muitas vezes passados por alto os princípios aqui apresentados? A quantidade de males que se podem evitar por segui-los não é de modo algum pequena, pois algumas vezes o coração dos perseguidores é susceptível de impressões divinas, como o foi o do apóstolo Paulo antes de sua conversão. É sempre melhor esforçar-se por fazer toda a vontade de Deus como Ele tem especificado. Ele cuidará dos resultados. -- Manuscrito 148, 1902. Zelo e perseverança na obra médico-missionária MS 256 4 Pudesse eu despertar nosso povo para esforço cristão, pudesse levá-lo a empenhar-se com zelo e divina perseverança na obra médico-missionária, não em uns poucos lugares, mas em toda parte, dedicando esforço pessoal pelos que estão fora do aprisco, quão grata haveria de sentir-me! Esta é verdadeira obra missionária. Em alguns lugares ela é levada a cabo com pouco sucesso, visivelmente; mas uma vez mais o Senhor abre o caminho, e assinalado êxito acompanha o esforço. Proferem-se palavras que são como pregos bem firmados em lugar certo. Anjos do Céu cooperam com instrumentos humanos, e pecadores são ganhos para o Salvador. -- Carta 43, 1903. Em excelente companhia MS 256 5 O espírito da perseguição não se acenderá contra os que não têm ligação com Deus, e por isto mesmo não possuem força moral. Ele se levantará contra os fiéis, os que não fazem concessões ao mundo, e não se deixam abalar por suas opiniões, seus favores ou sua oposição. Uma religião que dê vivo testemunho em favor da santidade, e que repila o orgulho, o egoísmo, a avareza e os pecados em voga, será odiada pelo mundo e pelos cristãos superficiais. ... Quando sofreis reproche e perseguição, estais em excelente companhia, pois Jesus suportou isto tudo, e muito mais. Se sois fiéis sentinelas de Deus, estas coisas são para vós um elogio. São as almas heróicas, que permanecem fiéis ainda que sozinhas, que conquistarão a coroa imperecível. -- The Youth's Instructor, 28 de Maio de 1884. Virá um reavivamento MS 257 1 Se os obreiros humilharem o coração diante de Deus, a bênção virá. Receberão a cada momento idéias novas, recentes, e haverá um maravilhoso reavivamento da obra evangélica médico-missionária. -- Testimonies for the Church 9:219. ------------------------Capítulo 14 -- Ensinando princípios de saúde O evangelho da saúde MS 259 1 Os princípios da reforma de saúde encontram-se na Palavra de Deus. O evangelho da saúde deve estar firmemente associado com o ministério da Palavra. É desígnio do Senhor que a influência restauradora da reforma de saúde seja parte do último grande esforço para proclamar a mensagem do evangelho. Nossos médicos devem ser obreiros de Deus. Devem ser homens cujas faculdades tenham sido santificadas e transformadas pela graça de Cristo. Sua influência deve estar entretecida com a verdade que deve ser dada ao mundo. Em perfeita e completa união com o ministério evangélico, a obra de reforma da saúde revelará o poder que lhe é dado por Deus. Sob a influência do evangelho, grandes reformas serão realizadas pela obra médico-missionária. -- Manuscrito 172, 1899. A primeira tarefa MS 259 2 Se queremos elevar o padrão moral em qualquer país onde possamos ser chamados a ir, devemos começar corrigindo os seus hábitos físicos. A virtude do caráter depende da ação correta das faculdades da mente e do corpo. -- Conselhos Sobre Saúde, 505. Instruir nas leis da vida MS 259 3 As bênçãos de Deus repousarão sobre cada esforço feito para despertar o interesse na reforma de saúde, pois ela é necessária em toda parte. Deve haver um reavivamento sobre este assunto, pois Deus Se propõe realizar muito por meio deste instrumento. Apresentai a temperança com todas as suas vantagens com relação à saúde. Instruí as pessoas nas leis da vida, de modo que saibam como preservar a saúde. Os esforços como realmente se fazem no presente não vão ao encontro da mente de Deus. A medicação por meio de drogas é uma maldição neste século esclarecido. MS 259 4 Educai descartando as drogas. Usai-as cada vez menos, e confiai mais em processos de higiene; então a natureza responderá aos médicos de Deus: ar puro, água pura, exercícios adequados, consciência limpa. MS 259 5 Muitos se poderiam restabelecer sem uma gota de remédio, caso vivessem segundo as leis da saúde. As drogas raramente são necessárias. Importa em zeloso, paciente e prolongado esforço estabelecer a obra e levá-la avante sobre princípios saudáveis. Aliai, porém, fervorosas orações e fé aos vossos esforços, e sereis bem-sucedidos. Por meio dessa obra, ensinareis aos doentes, e a outros também, a cuidarem de si mesmos quando enfermos, sem recorrer ao emprego de drogas. -- Carta 6a, 1890. A ciência da abnegação MS 260 1 Fossem todos os doentes curados pela oração, e muito poucos aproveitariam suas oportunidades de familiarizar-se com o modo correto no comer, beber e vestir-se. Os que estão associados com nossos sanatórios devem compreender o dever que sobre eles repousa de dar aos pacientes instrução sobre os princípios do viver saudável. MS 260 2 Os doentes têm uma lição a aprender. Devem-se-lhes negar aquelas elaborações de alimentos que retardariam ou impediriam a recuperação de sua saúde. Devem aprender a ciência da abnegação, comendo alimentos simples, preparados de modo simples. Devem viver muito à luz solar, que deve ter entrada em todos os quartos do edifício. Façam-se-lhes preleções sobre temas de saúde. Essas preleções abrirão o entendimento cegado, e verdades nas quais nunca dantes se pensara serão firmadas na mente. -- Carta 63, 1905. Conselho a um médico do sanatório MS 260 3 Em horas da noite eu estive conversando contigo. Tinha algumas coisas a dizer-te sobre a questão dietética. Falei-te francamente, dizendo que tinhas de fazer mudanças em tuas idéias sobre o regime dietético a ser indicado aos que do mundo vêm ao sanatório. Essas pessoas têm vivido de modo impróprio, com alimentos ricos. Estão sofrendo como resultado da condescendência com o apetite. MS 260 4 Uma reforma em seus hábitos no comer e beber, é necessária. Mas esta reforma não pode ser feita de uma vez. A mudança tem de ser gradual. Os alimentos saudáveis postos diante deles precisam ser apetitosos. Em toda a sua vida, talvez, eles têm tido três refeições ao dia, e têm comido alimentos ricos. É coisa importante alcançar essas pessoas com as verdades da reforma de saúde. MS 260 5 Mas para levá-las a adotar um regime simples, é preciso que se lhes ponham diante alimentos abundantes, saudáveis e apetitosos. Não se devem fazer mudanças abruptas, não aconteça sejam afastados da reforma de saúde, em vez de conduzidos a ela. O alimento a ser-lhes servido deve ser preparado de modo atraente, e deve ser mais rico do que tu ou eu comeríamos. ... MS 261 1 Escrevo-te isto porque estou certa de que o Senhor quer fazer-te compreender que deves ter tato ao ir ter com o povo onde está, em suas trevas e condescendência própria. Até onde me diga respeito pessoalmente, estou decididamente a favor de um regime simples, natural. Mas não será o melhor colocar pacientes mundanos, autocondescendentes, num regime tão estrito que os desviaria da reforma de saúde. Isto não os convenceria da necessidade de mudança em seus hábitos no comer e beber. Apresentem-se-lhes os fatos. Sejam educados de modo que vejam a necessidade de um regime simples, natural, e façam a mudança gradualmente. Dê-se-lhes tempo para que respondam ao tratamento e instrução que se lhes têm provido. Trabalha, ora e conduze-os tão gentilmente quanto possível. -- Carta 331, 1904. Como apresentar os princípios do regime saudável MS 261 2 O Senhor deseja que cada pastor, cada médico, cada membro da igreja, tenha cuidado em não instar com os que desconhecem nossa fé a que façam súbita mudança no regime dietético, sujeitando-os assim a teste prematuro. Sustentai os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão e crerão. O Senhor não requer que os Seus mensageiros apresentem as belas verdades da reforma de saúde de um modo que leve preconceito ao espírito de outros. Que ninguém coloque pedras de tropeço diante dos que estão andando nos escuros caminhos da ignorância. Mesmo ao enaltecer uma coisa boa, é bom não ser demasiado entusiasta, não aconteça desviarem-se do caminho os que vêm para ouvir. Apresentai os princípios da temperança em sua mais atrativa forma. Guiar as pessoas MS 261 3 Não devemos agir presunçosamente. Os obreiros que entram em territórios novos para levantar igrejas não devem criar dificuldades procurando tornar preeminente a questão dietética. Devem ser cuidadosos para não estreitar as linhas demasiadamente. Impedimentos seriam dessa forma lançados no caminho dos outros. Não empurreis as pessoas; guiai-as. Pregai a Palavra como é em Jesus Cristo. O jornal de saúde vos ajudará a aprender não somente como preparar alimentos saudáveis e aplicar tratamentos aos enfermos, mas também como instruir outros nesse setor. Os obreiros precisam fazer esforços resolutos, perseverantes, lembrando-se de que não se pode aprender tudo de uma vez. Eles precisam ter uma fixa determinação de ensinar o povo pacientemente. MS 262 1 Aonde quer que a verdade seja levada, deve dar-se instrução ao povo sobre a preparação de alimentos saudáveis. Deus deseja que em toda parte seja o povo ensinado por mestres habilitados a como utilizar sabiamente os produtos que podem colher ou prontamente obter em sua região do país. Assim os pobres, bem como os de melhor situação, podem ser ensinados a viver de modo saudável. -- Carta 135, 1902. Sem instrução o trabalho é perdido MS 262 2 É trabalho perdido ensinar as pessoas a ir a Deus como o Médico de suas enfermidades, a menos que sejam ensinados a pôr de lado toda prática errônea e a deixar de mostrar tolerância para com o apetite pervertido. Precisam ser ensinados a usar os recursos providos por Deus. Recusar os remédios que eles tanto podem ter como não ter, sem pagar uma receita médica, negligenciar deixar que entre ar puro e luz solar de Deus em todos os aposentos da casa, indica falta de fé nEle. Fé no poder de Deus para curar enfermidade é fé morta, a menos que o enfermo aproveite a luz que Deus lhe proporciona, pondo os seus hábitos em harmonia com retos princípios. -- Manuscrito 86, 1897. Educai, educai, educai MS 262 3 Precisamos educar, educar, educar, agradável e inteligentemente. Devemos pregar a verdade, orar sobre a verdade e viver a verdade, levando-a, com sua graciosa e saudável influência, ao alcance dos que não a conhecem. Ao serem os enfermos postos em contato com o Doador da vida, suas faculdades da mente e do corpo serão renovadas. Mas para que assim seja, eles precisam praticar a abnegação e ser temperantes em todas as coisas. Somente assim podem ser salvos da morte física e espiritual, e ser restaurados à saúde. MS 262 4 Quando a maquinaria humana se move em harmonia com as vitalizantes providências de Deus, como trazidas à luz pelo evangelho, a enfermidade é vencida e a saúde brota depressa. Quando os seres humanos trabalham em união com o Doador da vida, que por eles ofereceu Sua vida, pensamentos felizes enchem a mente. Corpo, mente e alma são santificados. Os seres humanos aprendem do Grande Mestre, e tudo para o que olham enobrece e enriquece os pensamentos. As afeições expandem-se em alegria e agradecimento ao Criador. A vida do homem que é renovado segundo a imagem de Cristo é uma luz que brilha nas trevas. -- Carta 83, 1905. Obras de amorável serviço MS 263 1 Aos professores em nossas escolas, aos ministros e médicos e aos enfermeiros, eu gostaria de dizer: Se quiserdes, podeis ter sucesso em revelar as verdades da mensagem do terceiro anjo. Isto não será feito meramente pela pregação da Palavra, mas por obras de amorável serviço. É o espírito da Palavra o que tão grandemente necessitamos. Os que possuem o Espírito de Cristo farão as Suas obras. MS 263 2 Tenho sido instruída a que indique ao nosso povo o capítulo 58 de Isaías. Lede este capítulo cuidadosamente e compreendereis a espécie de ministério que levará vida às igrejas. A obra do evangelho deve ser promovida por meio de nossa liberalidade, bem como de nossos labores. Quando encontrardes almas sofredoras que necessitam de auxílio, dai-lhes esse auxílio. Quando encontrardes os que estão famintos, alimentai-os. Em fazendo isto estareis trabalhando nos moldes do ministério de Cristo. O santo trabalho do Mestre era uma obra de beneficência. Que nosso povo em toda parte seja encorajado a participar dessa obra. -- Manuscrito 7, 1908. Ensinai abnegação MS 263 3 A obra que tendes estado a fazer nas cidades tem a aprovação do Céu. ... O que tendes feito demonstra que se nossos médicos e nossos obreiros podem trabalhar juntos na apresentação da verdade ao povo, mais pode ser alcançado do que o seria pela influência do ministro trabalhando sozinho. ... MS 263 4 Apresentai perante o povo a necessidade de resistir à tentação de condescender com o apetite. Nisto é onde muitos estão falhando. Explicai quão intimamente relacionados estão corpo e mente, e mostrai a necessidade de manter a ambos nas melhores condições. As palestras sobre saúde que apresentais nas reuniões serão um dos melhores meios de divulgar os nossos sanatórios. ... Abstinência e saúde MS 263 5 A mente dos sofredores deve ser levada a apegar-se à esperança de livramento de determinado perigo. Falai-lhes palavras esperançosas, palavras de ânimo. Há clientes de nossos sanatórios, os quais o Senhor curará se se abstiverem do uso de bebidas alcoólicas e drogas, e usarem remédios simples e seguros para combater enfermidades sobre eles acarretadas pelo apetite pervertido. Se fizerem sua parte para quebrar o encantamento do inimigo mediante firme resistência à tentação, e entregarem-se Aquele que deu a vida por sua alma pecaminosa, tornar-se-ão filhos e filhas de Deus. MS 264 1 Todo aquele que condescende com o apetite, gasta as energias físicas, enfraquece as faculdades morais, cedo ou tarde sentirá a retribuição que se segue à transgressão da lei do físico. MS 264 2 Cristo deu a vida para comprar a redenção para o pecador. O Redentor do mundo sabia que a contemporização com o apetite estava causando debilidade física e amortecendo as faculdades perceptivas de modo a não se poderem discernir as coisas sagradas e eternas. Ele sabia que a condescendência própria estava a perverter as faculdades morais e que a grande necessidade do homem era a conversão -- de coração, espírito e alma -- da vida de condescendência própria a outra de abnegação e sacrifício. A vitória de Cristo uma lição para nós MS 264 3 Cristo enfrentou o teste sobre o apetite, e por quase seis semanas resistiu à tentação em favor do homem. Esse longo jejum no deserto devia ser por todo o tempo uma lição para o homem caído. Cristo não foi vencido pelas fortes tentações do inimigo, e isto é um encorajamento a cada alma que esteja lutando contra a tentação. Cristo tornou possível a cada membro da família humana resistir à tentação. Todos os que querem viver vida santa podem vencer como Ele venceu, pelo sangue do Cordeiro, e a palavra do Seu testemunho. Aquele longo jejum do Salvador fortaleceu-O para resistir. Ele deu ao homem uma prova de que começaria a obra de vitória precisamente no ponto em que a ruína começara: o apetite. ... Responsabilidade de médicos e pastores MS 264 4 Necessitamos da influência do correto exemplo de nossos médicos e pastores. Que eles exerçam suas faculdades no controle do apetite, de modo que as faculdades mentais e morais sejam fortalecidas. Tanto quanto possível, adotem hábitos de vida de tal forma que as faculdades físicas e mentais sejam taxadas por igual. O exercício da voz no falar é um exercício saudável. Ensinai e vivei cuidadosamente. Mantende firme a posição de que todos, inclusive os nossos líderes, necessitam exercer o bom senso comum no cuidado de sua saúde, assegurando a taxação por igual do corpo e do cérebro. -- Carta 158, 1909. Restaurantes vegetarianos como escolas MS 265 1 Obreiros interessados serão levados a oferecer os seus préstimos nos diferentes setores do esforço missionário. Restaurantes vegetarianos serão estabelecidos. Mas com que cuidado deve isto ser feito! MS 265 2 Cada restaurante vegetariano deve ser uma escola. Os obreiros com eles relacionados devem estar continuamente estudando e fazendo experimentos, de modo que possam melhorar o preparo de alimentos saudáveis. Nas cidades esta obra de instrução pode ser levada a cabo em escala muito maior do que em lugares pequenos. Mas em cada lugar onde houver uma igreja, instrua-se em relação à preparação de alimentos simples, saudáveis, para uso dos que desejam viver de acordo com os princípios da reforma de saúde. E os membros da igreja devem partilhar com as pessoas de sua vizinhança a luz que receberam sobre este assunto. -- Testimonies for the Church 7:112, 113. Instrução nos lares e nas escolas MS 265 3 Em San Bernardino a Dra. _____ encontrou muitas oportunidades para obra educacional. Faz cerca de três meses ela começou a promover estudos sobre cozinha, vestuário saudável e higiene em geral, com algumas das famílias de nossa própria igreja. Ela foi assistida em seu trabalho por algumas das auxiliares do sanatório, as quais estavam habilitadas a fazer demonstrações práticas sobre cozinha saudável e enfermagem simples. MS 265 4 Os vizinhos foram convidados a assistir a essas demonstrações, e alguns que estavam presentes por convite pediram que iguais estudos fossem apresentados em seus lares, para onde podiam convidar alguns de seus amigos. Assim a obra cresceu rapidamente, até que a Dra. _____ foi incapaz de atender a todos os convites que recebia. Sua obra foi levada ao conhecimento do superintendente das escolas públicas, e a seu convite ela fez palestras para nada menos que mil e quinhentas crianças nas escolas da cidade. Sua cooperação com a União Feminina de Temperança Cristã, tem-na habilitado a familiarizar-se com muitas excelentes senhoras. Esforços como estes são poderosos fatores na remoção dos preconceitos existentes no espírito de muitos contra nosso povo. -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1907. Cooperando com outros setores de temperança MS 266 1 Devemos fazer tudo que estiver a nosso alcance para cooperar com os instrumentos celestiais na promulgação da verdade e da justiça na Terra. Não podemos fazer melhor trabalho do que unir-nos, até onde for possível sem nos comprometermos, com os membros da UFTC. Anos atrás considerávamos a disseminação dos princípios de temperança como um de nossos mais importantes deveres. Assim deve ser hoje. Nossas escolas e sanatórios devem revelar o poder da graça de Cristo para transformar a vida. Devem ser importantes fatores na causa da temperança. -- Carta 274, 1907. Ensinar os pobres MS 266 2 Perguntas [em visão] foram feitas quanto à sabedoria de ensinar outros a substituir carne, chá e café por um regime mais saudável. Devemos tornar conhecidos nossos métodos, e assim privar-nos dos benefícios que poderíamos obter pelo estabelecimento da fabricação nas colônias? Devemos abrir mão da ciência de como fazer esses alimentos saudáveis? Devemos ensinar as pessoas pobres como viver sem usar carne? Devemos ensinar as pessoas pobres que vêm para a verdade, como plantar e cultivar nozes, como produzir eles próprios aquilo que custaria demasiado se tivessem de comprar preparado por outras mãos? Devemos ensiná-los a preparar eles mesmos para si esses alimentos? A voz da sabedoria MS 266 3 Essas pareciam ser questões importantes, e difíceis de serem resolvidas. Ouviu-se então a voz da sabedoria; o assunto da reforma de saúde é um assunto importante, um grande assunto, e esta obra missionária deve ser levada aos caminhos e valados da vida. A mensagem do terceiro anjo é verdade presente para 1898, e a questão da saúde está tão intimamente associada com essa mensagem como o braço está com o corpo. A luz, portanto, quanto aos melhores métodos de introduzir a reforma de saúde, deve ser dada. A carne é o maior produtor de enfermidades que se pode introduzir no organismo humano. Mas não podeis ensinar a reforma de saúde a menos que apresenteis os métodos menos dispendiosos de vida. O inimigo não deve levar vantagem em nenhum sentido. O Senhor só pode abençoar os que estão guardando cada preceito que Ele deu em relação com esta vida. -- Manuscrito 105, 1898. O propósito da obra de alimentos saudáveis MS 267 1 Segundo a luz que me é dada por Deus, o negócio de alimentos deve ser levado avante com o propósito de ensinar o povo a viver saudável e economicamente, não com vistas a ganho financeiro. Cada um deve aprender que alimentos são melhor adaptados a suas necessidades. -- Carta 82, 1903. Como o maná MS 267 2 A luz que Deus tem provido e continuará a prover sobre a questão da alimentação, deve ser para Seu povo hoje o que foi o maná para os filhos de Israel. O maná caiu do céu, e ao povo se ordenou colhê-lo e prepará-lo para ser comido. Assim nos diferentes países do mundo, luz será dada ao povo do Senhor, e alimentos saudáveis próprios para esses países serão preparados. MS 267 3 Os membros de cada igreja devem cultivar o tato e a habilidade que Deus lhes dará. O Senhor tem ciência e compreensão para conceder a todos que desejarem usar sua habilidade no esforço de aprender como combinar os produtos da terra de modo a torná-los alimentos saudáveis, simples e facilmente preparados, os quais ocuparão o lugar de alimentos cárneos, de modo que o povo não tenha desculpa para comer carne. -- Manuscrito 78, 1902. O Senhor ensinará o obediente MS 267 4 Nos cereais, frutas, verduras e nozes encontram-se todos os elementos alimentícios de que necessitamos. Se formos ao Senhor em simplicidade de espírito, Ele nos ensinará como preparar alimentos saudáveis, isentos da mácula do alimento cárneo. -- Manuscrito 27, 1905. Instrução na arte de cozinhar MS 267 5 Necessitamos de genuína educação na arte de cozinhar. ... Organizai classes, onde possais ensinar o povo como preparar pão de boa qualidade, e como juntar ingredientes de modo que se façam combinações saudáveis de cereais e hortaliças. Semelhante instrução ajudará em criar entre o nosso povo o desejo de sair das cidades, de adquirir propriedade no campo, onde cultivar suas próprias frutas e verduras. -- Manuscrito 150, 1905. Necessária ação unida MS 268 1 É desígnio do Senhor que em todo lugar homens e mulheres tenham o privilégio de desenvolver os seus talentos preparando alimentos saudáveis dos produtos naturais de sua região. Ninguém deve proibi-los. Se buscarem a Deus, exercendo sua habilidade e engenho sob a guia do Seu Espírito, aprenderão como preparar produtos naturais, transformando-os em alimentos saudáveis. Assim serão capazes de ensinar os pobres a preparar alimentos que tomarão o lugar de alimentos cárneos. MS 268 2 Os que são assim ajudados podem por sua vez instruir a outros. Tal trabalho ainda será feito. Se tivesse sido feito antes, haveria hoje muito mais pessoas na verdade do que há, e podíamos ter tido mais pessoas para dar instrução do que temos. Saibamos qual é o nosso dever, e façamo-lo. Não devemos ser dependentes e desajudados, confiando em seres humanos. -- Manuscrito 85, 1902. Incentivos para atividade MS 268 3 Alguns poderão dizer: "Se o Senhor vem logo, que necessidade há de estabelecer escolas, sanatórios, e fábricas de alimentos?" Que necessidade há de que nossos jovens aprendam ofícios? MS 268 4 Está no desígnio do Senhor que constantemente desenvolvamos os talentos que nos deu. Não podemos fazer isto a menos que os usemos. A perspectiva da breve volta de Cristo não nos deve conduzir à indolência. Ao contrário, ela deve nos levar a fazer tudo que pudermos para abençoar e beneficiar a humanidade. Nenhum indolente fica sem culpa à vista do Senhor. A religião bíblica jamais faz dos homens indolentes. Cremos que a vinda de Cristo está perto. Faça, então, cada um, o máximo no tempo dado por Deus, em procurar preparar-se a si mesmo e aos outros para este grande evento. Ensinai a importância dos deveres da vida àqueles que estão malbaratando suas oportunidades. MS 268 5 Trabalhai pelos intemperantes e os fumantes, dizendo-lhes que nenhum bebedor herdará o reino de Deus, e que não entrará nele "coisa alguma que contamine". Mostrai-lhes o bem que podem fazer com o dinheiro que agora gastam com aquilo que só lhes causa dano. -- Carta 25, 1902. Tolerando opiniões alheias MS 269 1 Devemos lembrar que há demasiados tipos de mentalidades no mundo, e não podemos esperar que cada um considere exatamente como nós todas as questões de alimentação. As mentes não seguem exatamente a mesma direção. Eu não como manteiga, mas há membros de minha família que o fazem. Ela não é posta em minha mesa; mas não molesto alguns membros de minha família que preferem usá-la ocasionalmente. Muitos de nossos irmãos conscienciosos têm manteiga à mesa, e não me sinto na obrigação de forçá-los a proceder contrariamente. Estas coisas nunca devem causar perturbação entre os irmãos. Não posso ver a necessidade de manteiga onde há abundância de frutas e de nata esterilizada. Os que amam e servem a Deus devem ser deixados seguir suas próprias convicções. Talvez nós não nos sintamos justificados procedendo como eles, mas não devemos permitir que diferenças de opinião criem desuniões. Que o Senhor nos ajude a ser firmes como a rocha aos princípios da lei proferida do Sinai, e que Ele nos ajude a não permitir que diferenças de opinião sejam uma barreira entre nós e nossos irmãos. -- Carta 331, 1904. Ensinando idéias extremas MS 269 2 É desejo e plano de Satanás introduzir entre nós pessoas que irão a grandes extremos -- pessoas de mente estreita, críticas e ferinas, e muito tenazes em sustentar suas próprias concepções do que a verdade significa. Esses são exigentes e procuram impor rigorosas obrigações, e ir a grandes distâncias em questões de menor importância, enquanto negligenciam as coisas mais graves da lei: o juízo, a misericórdia e o amor de Deus. Por meio do trabalho de uns poucos desta classe de pessoas, todo o corpo de guardadores do sábado será apontado como fanático, farisaico, intolerante. A obra da verdade, por causa desses obreiros, será considerada como indigna de atenção. -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1888. Boa cozinha uma ciência MS 269 3 Alguns são chamados para o que poderia parecer trabalho humilde -- como por exemplo cozinhar. Mas a ciência da cozinha não é assunto de pequena monta. O preparo habilidoso de alimentos é uma das artes mais necessárias, estando acima do ensino de música ou do corte e costura. Com isto não quero rebaixar o ensino da música ou da arte da costura, pois são essenciais. Mais importante, porém, é ainda a arte de preparar os alimentos de modo que sejam tão saudáveis quão apetitosos. Esta deve ser considerada como a mais valiosa de todas as artes, porque está mui intimamente relacionada com a vida. Ela deve receber mais atenção, pois para produzir bom sangue, o organismo requer bom alimento. O fundamento daquilo que mantém as pessoas sadias é a obra médico-missionária da boa cozinha. MS 270 1 Muitas vezes a reforma da saúde é feita um deforme da saúde, pelo preparo de alimentos inapetecíveis. A falta de conhecimento referente a culinária saudável deve ser remediada antes que a reforma da saúde seja um sucesso. MS 270 2 Boas cozinheiras são poucas. Muitas, muitas mães necessitam tomar lições de culinária, para que possam pôr diante da família alimentos bem preparados e agradavelmente servidos. MS 270 3 Antes que os filhos tomem lições ao órgão ou ao piano, devem receber lições em culinária. A obra de aprender a cozinhar não precisa excluir a música, mas aprender música é menos importante do que aprender a preparar alimentos que sejam saudáveis e apetitosos. Escolas de culinária MS 270 4 Associadas com nossos sanatórios e escolas deve haver escolas de culinária, onde se dêem instruções sobre o devido preparo de alimentos. Em todas as nossas escolas deve haver pessoas habilitadas para instruir os estudantes de ambos os sexos, na arte de cozinhar. Especialmente as mulheres devem aprender culinária. MS 270 5 É pecado pôr sobre a mesa alimentos mal preparados, porque o problema da alimentação diz respeito ao bem-estar de todo o organismo. O Senhor deseja que Seu povo considere a necessidade de ter os alimentos preparados de tal modo que não provoquem acidez estomacal, e em conseqüência, acidez temperamental. Lembremo-nos de que há religião prática num pão de boa qualidade. Talento do mais alto valor MS 270 6 Não olhemos o trabalho da cozinha como sendo uma espécie de escravidão. Que seria de todos em nosso mundo se os que fazem o trabalho da cozinha se demitissem sob a frágil alegação de que não é um trabalho suficientemente digno? Cozinhar pode ser considerado como menos desejável do que alguns outros setores de trabalho, mas na realidade é uma ciência sobre todas as outras ciências. Assim é como Deus considera o preparo de alimentos saudáveis. Ele dedica a mais elevada estima aos que fazem fiel trabalho no preparo de alimentos saudáveis e apetitosos. MS 271 1 Aquele que compreende a arte de bem preparar os alimentos, e que usa esse conhecimento, é digno de mais alto louvor do que os que estejam fazendo quaisquer outros trabalhos. Este talento deve ser considerado igual em valor a dez talentos, pois o seu uso correto tem muito que ver com a manutenção do organismo em estado saudável. Porque tão inseparavelmente ligado com a vida e a saúde, é o mais valioso de todos os dons. -- Manuscrito 95, 1901. Muitos serão resgatados MS 271 2 O Senhor tem feito presente diante de mim que muitos, muitos serão resgatados da degenerescência física, mental e moral, mediante a influência prática da reforma de saúde. Palestras sobre saúde serão proferidas, publicações multiplicadas. Os princípios da reforma de saúde serão recebidos de boa vontade; e muitos serão esclarecidos. As influências associadas com a reforma de saúde recomendá-la-ão ao julgamento de todos que desejam luz; e eles prosseguirão passo a passo para receber as verdades especiais para este tempo. -- Testimonies for the Church 6:378, 379. ------------------------Capítulo 15 -- Regime dietético e saúde Princípios importantes MS 273 1 Os adventistas do sétimo dia estão manipulando verdades momentosas. Na questão da temperança devem estar na frente de todos. A questão de como preservar a saúde é uma de importância fundamental. Quando estudarmos este assunto no temor de Deus, descobriremos que é melhor, tanto para a nossa saúde física como para o nosso progresso espiritual, observar simplicidade no regime alimentar. Estudemos com paciência esta questão. Precisamos de conhecimento e discernimento, a fim de nos conduzirmos de modo sábio neste assunto. As leis da natureza não devem ser resistidas, mas obedecidas. MS 273 2 Somente quando somos esclarecidos sobre os princípios da reforma de saúde, podemos ser inteiramente despertados para ver os males resultantes de um regime inapropriado. Os que, depois de verem os seus erros, têm a coragem de mudar os hábitos, verificarão que o processo reformatório requer luta e muita perseverança. Mas quando gostos corretos são formados, descobrirão que o uso de alimentos que anteriormente consideravam inofensivos estava lenta mas seguramente lançando o fundamento para a dispepsia e outras enfermidades. Prover alimentos nutritivos MS 273 3 Alguns de nosso povo conscienciosamente se abstêm de comer alimentos impróprios, e ao mesmo tempo negligenciam tomar o alimento que supriria os elementos necessários ao devido sustento do corpo. Não demos jamais um testemunho contra a reforma de saúde, deixando de usar alimentos saudáveis e apetitosos, em substituição aos produtos danosos do regime que abandonáramos. Muito tato e discrição deve empregar-se no preparo de alimentos nutritivos que ocupem o lugar do que tem constituído o regime dietético de muitas famílias. Este esforço requer fé em Deus, fervor de propósito, e disposição de ajudarem-se uns aos outros. Um regime carente dos elementos próprios de nutrição leva o descrédito à causa da reforma de saúde. Somos mortais, e precisamos suprir-nos com alimentos que propiciem o sustento adequado do corpo. MS 273 4 Os que não sabem cozinhar saudavelmente devem aprender a combinar sadios, nutritivos artigos alimentares, de tal maneira que se apresentem como pratos apetitosos. Assinem nossas revistas de saúde os que desejam obter conhecimento neste assunto. ... MS 274 1 A não ser que exerça de contínuo a faculdade inventiva, ninguém pode sobressair-se em culinária saudável; mas os que têm o coração aberto às impressões e sugestões do Grande Mestre, aprenderão muita coisa, e serão capazes de ensinar a outros, pois Ele lhes dará habilidade e entendimento. MS 274 2 Cuidadosa atenção deve ser dispensada ao uso apropriado de nozes como alimento. Algumas espécies de nozes não são tão saudáveis como outras. Não reduzais o cardápio a uns poucos artigos compostos largamente de nozes. Esses alimentos não devem ser usados em demasia. Se fossem usados com mais parcimônia por alguns, os resultados seriam mais satisfatórios. Combinados em grande proporção com outros artigos em algumas das receitas dadas, tornam o alimento tão indigesto que o organismo não pode assimilá-lo como convém. Simplificando o regime MS 274 3 Façamos progresso inteligente na simplificação do nosso regime alimentar. Na providência de Deus, cada país produz artigos de alimento contendo os nutrientes necessários para a construção do corpo. Esses produtos podem ser transformados em pratos saudáveis e apetitosos. MS 274 4 Esforcem-se ferventemente por torná-la tudo o que dizem que ela é, aqueles que advogam a reforma de saúde. Dispensem tudo que é prejudicial à saúde. Usem alimentos simples e saudáveis. Frutas são um alimento excelente, e poupam muito cozimento. Abandonem o uso de pastelaria, bolos e sobremesas muito substanciosos, e outros pratos preparados para tentar o apetite. Comam poucas espécies de alimentos numa só refeição, e comam dando graças. MS 274 5 No que respeita à carne como alimento, o que todos podemos dizer, é: Nada com ela. E todos devem dar um claro testemunho contra o chá e o café, jamais usando-os. São narcóticos, danosos tanto ao cérebro como aos demais órgãos do corpo. Ainda não chegou o tempo em que eu possa dizer que o uso de leite e ovos deva ser inteiramente abandonado. Leite e ovos não devem ser classificados como alimentos cárneos. Em algumas enfermidades o uso de ovos é muito benéfico. MS 274 6 Que os membros de nossas igrejas neguem-se todo apetite egoísta. Cada centavo gasto em chá, café e carne, é mais do que desperdiçado, pois esses produtos embaraçam o melhor desenvolvimento das faculdades físicas, mentais e espirituais. -- Carta 135, 1902. Santificação e domínio próprio MS 275 1 O povo de Deus deve aprender a significação de temperança em tudo. Cumpre-lhes praticar temperança no comer, beber e vestir. Toda condescendência consigo mesmo deve ser afastada de sua vida. Antes de eles poderem compreender realmente o sentido da santificação genuína e da conformidade com a vontade de Cristo, precisam, pela cooperação com Deus, obter o domínio de hábitos e costumes errôneos. -- Manuscrito 16, 1902; Temperança, 139. Mostrar o valor da reforma de saúde MS 275 2 Mantende a obra da reforma de saúde na vanguarda, eis a mensagem que eu tenho recebido para transmitir. Mostrai tão claramente o valor da reforma de saúde que seja sentida uma vasta necessidade dela. Mas jamais advogueis um regime dietético deficiente. É possível ter um regime saudável, nutritivo, sem o uso de carnes. -- Carta 49, 1902. Para a glória de Deus MS 275 3 Pela inspiração do Espírito de Deus, o apóstolo Paulo escreveu que devemos fazer "tudo para a glória de Deus". Até mesmo o ato natural de comer ou beber, deve ser seguido, não para satisfazer um apetite pervertido; mas sob o senso de responsabilidade; fazer "tudo para a glória de Deus". Cada parte do homem deve ser guardada; devemos estar atentos para não acontecer que o que é levado para o estômago expulse da mente os altos e santos pensamentos. Direitos individuais MS 275 4 "Não posso fazer como me agrada?" alguns perguntam, como se estivéssemos buscando privá-los de um grande bem, quando lhes apresentamos a necessidade de comer com discernimento, conformando todos os seus hábitos às leis que Deus estabeleceu. Há direitos que pertencem a cada indivíduo. Temos uma individualidade e uma identidade que são exclusivamente nossas. Ninguém pode imergir esta identidade na de outrem. Todos precisam agir por si mesmos, segundo os ditames de sua própria consciência. MS 275 5 No que diz respeito a nossa responsabilidade e influência, somos responsáveis perante Deus, como derivando dEle nossa vida. Esta não obtemos da humanidade, mas de Deus somente. Somos Seus pela criação e pela redenção. O nosso próprio corpo não nos pertence, para que o tratemos como entendermos, mutilando-o por hábitos que conduzem à decadência, tornando impossível prestar a Deus um serviço perfeito. Nossa vida e todas as nossas faculdades Lhe pertencem. Ele cuida de nós a cada momento. Mantém em funcionamento a maquinaria viva; se fôssemos deixados a movimentá-la por um momento, morreríamos. Somos absolutamente dependentes de Deus. MS 276 1 Aprendemos uma grande lição quando compreendemos nossa relação para com Deus, e Sua relação para conosco. As palavras: "Não sois de vós mesmos; fostes comprados por preço", devem estar suspensas na antecâmara da memória, a fim de podermos sempre reconhecer o direito de Deus aos nossos talentos, a nossas propriedades, a nossa influência e sobre nós mesmos. Devemos aprender como tratar este dom de Deus, na mente, na alma e no corpo, a fim de que como propriedade adquirida por Cristo, possamos prestar-Lhe serviço de saudável sabor. Integridade de Daniel MS 276 2 Por que Daniel e seus companheiros recusaram comer à mesa do rei? Por que recusaram suas iguarias e vinhos? Porque haviam sido ensinados que esta espécie de alimentos não concorreria para manter a mente e a estrutura física na melhor condição de saúde para o serviço de Deus. MS 276 3 Eles tiveram todo o cuidado em conservar-se em contato com Deus. Oravam e estudavam, e introduziam na vida prática um espírito estrito e conscienciosamente humilde. Andavam com Deus, como Enoque andou. A palavra do Senhor era sua comida e sua bebida. "E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino." MS 276 4 À luz deste texto histórico, todo testemunho do homem a respeito de vantagens do regime cárneo, ou de uma grande variedade de alimentos, não deve ter o mínimo peso para os seres humanos. Quando os filhos da fé, com fervente oração, dedicarem-se a si mesmos a Deus sem reservas, o Senhor honrará sua fé, e os abençoará com mente clara. -- Carta 73, 1896. Apelo a um médico MS 276 5 Não podes compreender quão mais eficaz seria o teu serviço nos interesses religiosos, e quão mais satisfatório para ti mesmo, se seguisses a luz que te tem sido dada. ... São teu apetite, hábitos e práticas, daquela espécie que te levará a induzir os que estão contigo relacionados, a fazer escusas similares às que tens feito para condescender no uso da carne como alimento? Retorno ao regime alimentar primitivo MS 277 1 É propósito do Senhor que o Seu povo volte a viver de simples frutas, verduras e cereais. Ele conduziu os filhos de Israel ao deserto, onde não podiam obter alimentos cárneos; e deu-lhes o pão do Céu. "O homem comeu o pão dos anjos." Mas eles ansiavam pelas panelas do Egito, e lamentaram e pediram carne, não obstante haver-lhes o Senhor prometido que se se submetessem a Sua vontade, levá-los-ia à terra de Canaã, e os estabeleceria ali, como povo santo, puro e feliz, e não haveria sequer uma só pessoa debilitada em todas as suas tribos; pois Ele tiraria do meio deles toda enfermidade. As murmurações de Israel MS 277 2 Mas embora tivessem eles um claro "Assim diz o Senhor", lamentaram e choraram, murmuraram e se queixaram, até que o Senhor Se encheu de ira contra eles. Visto que estavam tão determinados a ter carne para comer, deu-lhes esse mesmo regime que lhes havia proibido. ... MS 277 3 O Senhor lhes poderia ter dado carne, se esta tivesse sido essencial para a sua saúde; mas Aquele que os criara e os redimira, levara-os em longa jornada pelo deserto, a fim de educá-los, discipliná-los e instruí-los em hábitos corretos. O Senhor conhecia a influência da alimentação cárnea sobre o organismo humano. Ele desejava ter um povo que, em sua aparência física, levasse as credenciais divinas, não obstante sua longa jornada. ... MS 277 4 Um dos grandes erros nos quais muitos insistem, é que a força muscular depende da alimentação cárnea. Mas os simples cereais, frutas das árvores e verduras têm todas as propriedades nutritivas necessárias para produzir um bom sangue. Isto um regime de carne não pode fazer. ... MS 277 5 Somos compostos do que comemos, e o comer muita carne diminuirá a atividade intelectual. Os estudantes conseguiriam muito mais em seus estudos se jamais provassem carne. Quando a parte animal do agente humano é fortalecida por comer carne, as faculdades intelectuais diminuem proporcionalmente. A vida religiosa pode ser alcançada e mantida com mais sucesso se a carne for dispensada, pois este regime dietético estimula à intensa atividade as propensões sensuais e debilita a natureza moral e espiritual. "A carne luta contra o espírito, e o espírito contra a carne." MS 278 1 Grandemente necessitamos encorajar e cultivar pensamentos puros, castos, e fortalecer as faculdades morais em vez das inferiores e carnais. Ajude-nos Deus a nos despertarmos de nossos apetites autocondescendentes! ... Causa de mortalidade MS 278 2 Cânceres, tumores, e toda enfermidade inflamatória, são em grande medida causadas pela ingestão de carne. MS 278 3 Segundo a luz que me é dada, o predomínio de cânceres e tumores é em grande medida devido a um exuberante regime alimentar com base em carnes. Sincera e fervorosamente eu espero que, como médico, não te deixes ficar para sempre cego sobre este assunto, pois a cegueira está misturada com falta de coragem moral para negar-te o apetite, para exaltar a cruz, o que significa assumir aqueles deveres que contrariam os apetites naturais e as paixões. ... MS 278 4 Tenho o assunto a mim apresentado em diferentes aspectos. A mortalidade causada pelo uso de carne não é discernida; se o fosse, não ouviríamos mais argumentos e desculpas em favor da tolerância para com o apetite por alimentos cárneos. Temos abundância de boas coisas para satisfazer a fome sem servir cadáveres em nossas mesas para compor nosso cardápio. ... MS 278 5 Tem sido exposta diante de mim a pedra de tropeço que esta questão de regime alimentar tem sido para teu próprio progresso espiritual, e a pedra de tropeço que tens colocado no caminho de outros, e tudo porque tuas próprias sensibilidades foram embotadas pela egoística satisfação do apetite. Por amor de Cristo olha mais fundo, aprofunda o estudo, e age de acordo com a luz que Deus tem sido servido em dar-te a ti e a outros sobre este assunto. -- Carta 72, 1896. Apelo a um pastor MS 278 6 Tem-se-me apresentado com clareza que o povo de Deus deve tomar firme posição contra a alimentação cárnea. Daria Deus a Seu povo durante trinta anos a mensagem de que se desejassem ter sangue puro e mente clara, deviam abandonar o uso da carne como alimento, se Ele não desejasse que desse ouvidos a esta mensagem? Pelo uso de alimentação cárnea, a natureza animal é fortalecida e a espiritual debilitada. Homens como tu, que estão empenhados na mais solene e importante obra já confiada a seres humanos, necessitam dedicar especial cuidado no que comem. MS 279 1 Lembra-te de que quando comes carne, estás apenas comendo cereais e vegetais de segunda mão, pois os animais recebem daí a nutrição que os faz crescer e os prepara para o mercado. A vida que estava nos grãos e nos vegetais passa para o animal, e torna-se parte de sua vida, e então os seres humanos comem o animal. Por que se mostram tão dispostos a comer o seu alimento de segunda mão? ... MS 279 2 O só pensamento de matar o animal para ser comido já é em si revoltante. Se o senso natural do homem não tivesse sido pervertido pela condescendência para com o apetite, os seres humanos não pensariam em comer carne. Não obstar a obra de reforma MS 279 3 Foi-nos dada a obra de promover a reforma de saúde. O Senhor deseja que haja harmonia entre o Seu povo. Como deves saber, não deixaremos a posição que, nos últimos trinta e cinco anos, o Senhor nos vem mandando manter. Cuidado para não te colocares em oposição à obra de reforma da saúde. Ela prosseguirá, pois é o meio pelo qual o Senhor atenua os sofrimentos em nosso mundo, e o modo de purificar o Seu povo. MS 279 4 Vê que atitude assumes, não aconteça seres achado causando divisão. Meu irmão, muito embora deixes de levar a tua vida e à de tua família a bênção que advém de seguir os princípios da reforma de saúde, não causes danos a outros, opondo-te à luz que Deus tem dado sobre este assunto. MS 279 5 Embora não façamos do uso da carne um teste; conquanto não queiramos forçar ninguém a abandonar o seu uso, é nosso dever solicitar que nenhum obreiro do campo faça pouco da mensagem de saúde sobre este ponto, ou a ela se oponha. Se, em face da luz que Deus tem dado sobre o efeito da alimentação cárnea no organismo, ainda persistes em comê-la, terás de arcar com as conseqüências. Mas não assumas diante do povo uma posição que lhe permita pensar que não é necessário convocar uma reforma em relação à alimentação cárnea, porque o Senhor está pedindo esta reforma. MS 280 1 O Senhor nos deu a tarefa de proclamar a mensagem de reforma de saúde, e se não podes marchar nas fileiras dos que estão dando esta mensagem, não deves tornar este ponto preeminente. Em te contrapores aos esforços dos teus coobreiros, os quais estão ensinando a reforma de saúde, estás fora do lugar, trabalhando do lado errado. -- Carta 48, 1902. Apelo aos pais MS 280 2 O Senhor abreviará Sua obra em justiça. A Terra está corrompida por causa dos seus habitantes. Doenças de toda espécie estão agora afligindo a família humana. A miséria criada pela corrupção que há no mundo por causa da concupiscência está se transformando de modo assustador na prática de crimes de todo matiz. Roubos, assassínios, sensualidade, a crueldade dos poderes satânicos -- esses e muitos outros males são vistos por todo lado. Estamos cercados de perigos invisíveis. MS 280 3 Quando os que conhecem a verdade tomarão posição ao lado dos retos princípios para agora e para a eternidade? Quando serão fiéis aos princípios da reforma de saúde? Quando aprenderão que é perigoso o uso de carne como alimento? MS 280 4 Sou instruída a dizer que se comer carne em algum tempo foi seguro, não o é agora. Animais doentes são levados para as grandes cidades, e para as vilas, e vendidos como alimento. Muitas dessas pobres criaturas teriam morrido de doença em muito breve tempo, se não tivessem sido abatidas; todavia o cadáver desses animais doentes é preparado para o mercado, e as pessoas comem à vontade deste alimento envenenado. Tal regime contamina o sangue e estimula as paixões inferiores. MS 280 5 Muitos pais agem como se estivessem privados da razão. Estão num estado de letargia, paralisados pela condescendência para com o apetite pervertido e a paixão aviltante. Nossos ministros, que conhecem a verdade, devem despertar o povo de sua condição apática e levá-lo a livrar-se das coisas que criam apetite pelo alimento cárneo. Se negligenciam participar da reforma, perderão poder espiritual, e tornar-se-ão cada vez mais aviltados pela condescendência pecaminosa. Hábitos que entristecem o Universo celestial, que rebaixam os seres humanos a uma condição pior que de bestas, são praticados em muitos lares. Que todos os que conhecem a verdade, digam: "Fugi das concupiscências da carne, que combatem contra a alma." Exemplos em reto proceder MS 281 1 Que nenhum de nossos obreiros dê o mau exemplo de comer alimentos cárneos. Vivam eles e suas famílias à altura da luz da reforma de saúde. Que nenhum de nossos obreiros animalize sua própria natureza e a natureza de seus filhos. Filhos cujos desejos não têm sido restringidos, são tentados a não apenas condescender em hábitos comuns de intemperança, mas a dar rédea solta a suas baixas paixões, e a desconsiderar a pureza e a virtude. Esses são levados por Satanás não apenas a corromper o seu próprio corpo, mas a sussurrar suas más mensagens a outros. Se os pais estão cegados pelo pecado, muitas vezes deixarão de perceber essas coisas. -- Manuscrito 133, 1902. Fazendo dispépticos MS 281 2 Nós chegaremos logo a um tempo em que precisaremos compreender o significado de um regime dietético simples. Não está distante o tempo em que seremos obrigados a adotar um regime muito diferente do que temos atualmente. ... MS 281 3 Precisamos estudar a arte de preparar de modo simples frutas, cereais e hortaliças. Não precisamos dessas complexas combinações que são providas. Como a questão está agora, estamos em perigo de fazer dispépticos. -- Manuscrito 150, 1905. Comer com demasiada freqüência MS 281 4 A condescendência em comer com freqüência demasiada, e em muito grandes quantidades, sobrecarrega os órgãos digestivos, e produz um estado febril do organismo. O sangue torna-se impuro, ocorrendo então enfermidade de várias espécies. Busca-se o médico, que receita alguma droga que dá alívio momentâneo, a qual, porém, não cura a doença. Ela pode mudar a forma da enfermidade, mas o verdadeiro mal é decuplicado. A natureza estava fazendo o possível para livrar o organismo de uma acumulação de impurezas, e tivesse ela sido deixada a si mesma, ajudada pelas bênçãos comuns do Céu, como ar puro e água pura, e teria sido obtida uma cura rápida e certa. MS 281 5 Os sofredores em tais casos podem fazer para si mesmos aquilo que outros não podem fazer tão bem. Devem começar por aliviar a natureza da carga que lhe impuseram. Devem remover a causa. Jejuem algum tempo, dando ao estômago tempo para descanso. Reduzam o estado febril do organismo mediante cuidadosa e inteligente aplicação de água. Esses esforços ajudarão a natureza em sua luta para libertar de impurezas o organismo. -- Spiritual Gifts 4:133, 134. O plano de duas refeições ao dia MS 282 1 É muito comum o costume das pessoas do mundo de comerem três vezes ao dia, além de comerem em intervalos irregulares entre as refeições; e a última refeição é geralmente a mais abundante, e muitas vezes é tomada pouco antes de deitar. Isto é inverter a ordem natural; uma refeição carregada jamais devia ser tomada tão tarde. Mudassem essas pessoas o seu costume, e passassem a tomar apenas duas refeições ao dia, e nada entre as refeições, nem mesmo uma maçã, uma noz ou qualquer espécie de fruta, e o resultado seria visto em bom apetite e na saúde grandemente melhorada. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. Perseverança para vencer MS 282 2 Pessoas que têm tolerado o apetite para comer à vontade carne, molho altamente temperado, e diferentes espécies de bolos e conservas muito elaborados, não podem de imediato apreciar um regime simples, saudável e nutritivo. O seu paladar está tão pervertido que eles não têm apetite para um regime saudável de frutas, pão simples e verduras. Não podem esperar apreciar de início alimentos tão diferentes daqueles a que estavam acostumados. Se não podem de início apreciar alimentos simples, devem jejuar até que o possam. O jejum provar-se-lhes-á de maior benefício do que remédios, pois o maltratado estômago encontrará o descanso há muito precisado, e a verdadeira fome poderá ser satisfeita com regime natural. Leva tempo para que o gosto se recupere dos abusos a que fora submetido e readquira o seu tono natural. Mas a perseverança numa conduta de domínio próprio no comer e no beber, logo fará que o alimento simples, saudável, seja apetitoso, sendo então comido com maior satisfação do que a dos epicuristas em relação aos seus ricos manjares. -- Spiritual Gifts 4:130, 131. Suplicar coragem moral MS 282 3 Sempre que vejo crianças alimentando-se com carnes, desde que me foi provida luz do Céu, sinto que se os pais apenas soubessem o que estão fazendo, orariam com jejum pedindo coragem moral e sabedoria e graça de Deus para fazer o que é direito. Todos aqueles que sentem a necessidade do Seu Espírito para educar e disciplinar o eu, e instruir aos filhos como convém, negar-se-ão a si mesmos, e tomarão a cruz, seguindo a Jesus. MS 283 1 Para certas coisas oração e jejum são recomendáveis e apropriados. Na mão de Deus são um meio de purificar o coração e promover uma disposição mental receptiva. Obtemos resposta a nossas orações, porque humilhamos a nossa alma diante de Deus. Se nosso apetite clama por alimentos cárneos, é necessário jejuar e orar para que o Senhor dê a Sua graça, a fim de que se neguem as concupiscências da carne que combatem contra a alma. Alimentando-se de Cristo MS 283 2 Devia haver muito menos ansiedade quanto ao que comeremos e ao que beberemos para satisfazer os nossos apetites carnais; mas bem poderíamos encorajar o apetite da alma, e orar pedindo esclarecimento especial sobre a Palavra de Deus, e comer e beber essa Palavra. Jesus disse: "Eu sou o pão da vida." ... MS 283 3 Precisamos estar em constante meditação sobre a Palavra, comendo-a, digerindo-a, e pela prática, assimilando-a, de modo que seja levada à corrente vital. Aquele que se alimenta de Cristo diariamente, pelo seu exemplo ensinará outros a pensar menos sobre o que comer, e a sentir muito maior ansiedade pelo alimento a ser dado à alma. O verdadeiro jejum MS 283 4 O verdadeiro jejum, que deve ser recomendado a todos, é abstinência de qualquer espécie estimulante de alimento, e o uso apropriado de alimento saudável e simples, que Deus proveu em abundância. Os homens precisam pensar menos no que comer e beber em matéria de alimento temporal, e muito mais em relação ao alimento do Céu, que dará tono e vitalidade a toda a experiência religiosa. -- Carta 73, 1896. Sugestões para o regime dietético no sanatório MS 283 5 Os pacientes devem ser providos com abundância de alimentos saudáveis e apetitosos, preparados e servidos de modo tão apetitoso, que eles não tenham a tentação de desejar alimentos cárneos. As refeições podem ser o meio de instruir na reforma de saúde. Deve mostrar-se cuidado na combinação dos alimentos dados aos pacientes. Conhecimento em relação às combinações adequadas de alimentos é de grande valia, e deve ser recebido como sabedoria de Deus. ... MS 284 1 Devemos ter presente que enquanto há alguns para os quais é melhor comer apenas duas refeições ao dia, outros há que comem pouco em cada refeição, e sentem que precisam de alguma coisa mais na parte da tarde. Alimento suficiente deve ser ingerido para dar força aos tendões e músculos. E devemos lembrar-nos de que é do alimento ingerido que a mente obtém força. Parte da obra médico-missionária que nossos obreiros de sanatórios devem fazer é mostrar o valor do alimento saudável. Evitar mudança repentina MS 284 2 É correto que chá, café ou carne não devem ser servidos em nossos sanatórios. Para muitos isto é uma grande mudança e severa privação. Impor outras mudanças, como modificação no número de refeições ao dia, é no caso de alguns, suscetível de ser mais danoso do que benéfico. MS 284 3 Há muitos para quem o jantar é a hora mais agradável do dia. É o momento em que toda a família, terminado o trabalho do dia, está reunida ao redor da mesa para intercâmbio social. MS 284 4 É claro que duas refeições ao dia é melhor do que três. Eu creio assim e o pratico, mas não tenho um "Assim diz o Senhor" que seja errado que alguns tomem a terceira refeição. Não devemos ser como os fariseus, amarrados por regras e regulamentos fixos. A Palavra de Deus não especificou horas fixas em que o alimento deva ser tomado. Devemos ser cuidadosos para não fazer leis como as leis dos fariseus, ou ensinar como doutrinas os mandamentos de homens. MS 284 5 Sejam os vossos regulamentos tão coerentes que apelem à razão até mesmo dos que não foram educados para ver todas as coisas com clareza. Ao procurardes introduzir os renovadores e transformadores princípios da verdade na vida prática dos que vêm ao sanatório para melhorar a saúde, deixai que eles vejam que não lhes são impostas exigências arbitrárias. Não se lhes dê razão para sentir que estão sendo compelidos a seguir um caminho que não é de sua escolha. -- Carta 213, 1902. Nenhuma carne nas mesas dos sanatórios MS 284 6 Tenho sido claramente instruída pelo Senhor de que não se deve servir carne aos pacientes nos refeitórios de nossos sanatórios. Foi-me concedida luz de que os pacientes podiam receber carne se, depois de ouvir as palestras, ainda insistissem em recebê-la; mas que, em tais casos, fosse-lhes servida em seus próprios quartos. Todos os auxiliares devem dispensar alimentos cárneos. Mas, como se acabou de declarar, se, depois de saberem que a carne não pode ser servida nas mesas do refeitório, uns poucos pacientes insistirem que precisam tê-la, de boa vontade dê-se-lhes carne em seus quartos. ... Liberal variedade MS 285 1 Que o alimento seja apetitosamente preparado e atrativamente servido. Mais pratos devem ser preparados do que seria necessário se fosse servida carne. Outras coisas podem ser providas, de modo que alimentos cárneos sejam dispensados. Leite e creme podem ser usados por alguns. MS 285 2 Não faço de mim um critério para qualquer outro. Há coisas que eu não posso comer sem sofrer grandes incômodos. Procuro saber o que é melhor para mim, e então, nada dizendo a outrem, participo das coisas que posso comer, e que são muitas vezes simplesmente duas ou três variedades que não provocarão distúrbios estomacais. MS 285 3 Lembremo-nos de que temos tido longo tempo para nos acostumarmos ao regime compreendido na reforma de saúde. Outra coisa não podemos esperar senão que em nossos sanatórios seja necessário fornecer pratos preparados de algum modo diferente daqueles que são preparados para o nosso próprio uso, pois nós temos aprendido a apreciar alimentos naturais. Será necessário planejar mais liberalmente para uma instituição médica do que o seria para uma família particular. Muita coisa tem que ser levada em conta, e será necessário fazerem-se concessões para enfrentar as necessidades peculiares das muitas classes de pacientes que vêm aos nossos sanatórios. Não se deve pôr subitamente sobre o apetite uma camisa-de-força. Quando vos tornardes familiarizados com essas pessoas, e compreenderdes sua verdadeira condição, pode dar-se prescrição médica para fazer face a pedidos individuais. -- Carta 45, 1903. Façam-se preleções MS 285 4 No trato com os pacientes em nossos sanatórios, devemos raciocinar da causa para o efeito. Devemos lembrar que os hábitos e práticas de toda uma existência não podem ser mudados num momento. Com um cozinheiro inteligente e abundância de alimentos saudáveis, podem-se promover reformas que funcionarão bem, mas pode ser necessário tempo para levá-las a cabo. Não deve ser feito estrênuo esforço, a menos que realmente necessário. Devemos ter em mente que o alimento que seria apetitoso para um adepto da reforma de saúde, pode ser muito insípido a quem se tenha acostumado a alimentos altamente condimentados. MS 286 1 Façam-se preleções explicando por que são essenciais reformas no regime dietético, e mostrando que o uso de alimentos altamente condimentados produz inflamação na delicada mucosa dos órgãos digestivos. Mostre-se por que, como um povo, mudamos os nossos hábitos no comer e beber; por que dispensamos o fumo e toda bebida intoxicante. Exponham-se os princípios da reforma de saúde clara e inconfundivelmente, e com isto, leve-se à mesa abundância de alimento saudável, apetitosamente preparado; e o Senhor vos ajudará a tornar impressiva a urgente necessidade de reforma, e os levará a ver que esta reforma é para o seu mais elevado bem. Eles acharão falta dos alimentos altamente condimentados a que estão acostumados, mas tem de fazer-se um esforço para prover-lhes alimentos que seja tão saudável e tão apetitoso que deixarão de sentir falta dos pratos não saudáveis. Mostrai-lhes que o tratamento a eles dispensado não os beneficiará a menos que façam as necessárias mudanças em seus hábitos no comer e no beber. -- Carta 331, 1904. A um médico debilitado por excesso de trabalho e subnutrição MS 286 2 Não deves sobrecarregar-te tanto como tens feito, nem ir a extremos na reforma de saúde. Alguns de nosso povo são muito descuidados em relação à reforma de saúde. Mas porque alguns estão muito aquém, não deves, para dar-lhes um exemplo, ser extremista. Não deves privar-te daquela espécie de alimento que produz bom sangue. Tua dedicação aos verdadeiros princípios está te levando a submeter-te a um regime dietético que te está dando uma experiência que não recomendará a reforma de saúde. Este é para ti um perigo. MS 286 3 Quando vês que te estás tornando fisicamente fraco, é essencial que faças mudanças, e sem demora. Põe em teu regime alguma coisa que tenhas deixado fora. É teu dever fazer isto. Consegue ovos de aves saudáveis. Usa-os cozidos ou crus. Põe-os crus no melhor vinho não fermentado que puderes encontrar. Isto suprirá o que é necessário ao teu organismo. Nem por um momento imagines não ser correto fazer isto. MS 286 4 Há uma coisa que tem salvo vidas: transfusão de sangue de uma pessoa para outra; mas isto ser-te-á difícil, talvez impossível. Apenas o sugeri. MS 287 1 A oração da fé salvará o doente, e eu te suplico que chames sem demora os anciãos da igreja. Que o Senhor te ajude, é minha mais sincera oração. O uso de leite e ovos MS 287 2 Apreciamos tua experiência como médico; contudo digo que leite e ovos devem ser incluídos em teu regime. Essas coisas não podem no momento ser dispensadas, e a doutrina de dispensá-las não deve ser ensinada. MS 287 3 Estás em perigo de adotar opinião demasiado radical em reforma de saúde, e de prescrever para ti mesmo um regime que não te sustentará. MS 287 4 Insisto, não permitas que coisa alguma se te apresente para afligir-te. Vem à parte e repousa um pouco. Isto precisas fazer. Busca do Grande Médico folhas da árvore da vida. Suplica por ti mesmo e deixa que outros também o façam. "Que homens se apoderem de Minha força, e façam paz comigo; sim, que façam paz comigo." MS 287 5 É minha esperança que acates as palavras que te estou dirigindo. Tem-se-me mostrado que não estarás habilitado a exercer a melhor influência em reforma de saúde, a menos que te tornes mais liberal em alguma coisa, tanto para ti mesmo como para outros. Tempo virá em que o leite não poderá ser usado tão à vontade como é agora; mas o presente não é tempo para dispensá-lo. E ovos contêm propriedades que são veículos de ação antitóxica. E embora se tenham dado advertências contra o uso desses produtos dietéticos em famílias onde os filhos eram inclinados a hábitos de abuso próprio, estando mesmo mergulhados nesses vícios, ainda assim não devemos considerar como uma negação do princípio o uso de ovos de galinhas bem tratadas e bem alimentadas. ... Usar alimentos apetitosos MS 287 6 Os que têm opiniões extremas em reforma de saúde estão em perigo de preparar pratos insípidos. Isto tem sido feito vezes sem conta. O alimento tem-se tornado tão sensabor a ponto de ser recusado pelo estômago. O alimento fornecido aos enfermos deve ser variado. Não se lhes deve dar os mesmos pratos repetidamente. ... Essencial alimento nutritivo e apetecível MS 288 1 Deus apela àqueles por quem Cristo morreu a que tenham o necessário cuidado de si mesmos, e dêem a outros correto exemplo. Meu irmão, não foste constituído em teste para o povo de Deus sobre a questão do regime alimentar, pois perderão a confiança em ensinos que são tornados tensos ao máximo. O Senhor deseja que Seu povo seja saudável em todos os pontos da reforma de saúde, mas não devemos ir a extremos. ... MS 288 2 A razão por que é tão deficiente a saúde do Dr. _____ é que ele tem sacado no estoque do seu banco de saúde e não tem reposto a quantidade retirada, mediante alimento saudável, nutritivo e apetecível. Meu irmão, devota tua vida inteira Aquele que por ti foi crucificado, mas não te obrigues a um regime deficiente; pois em assim fazendo estás representando mal a reforma de saúde. MS 288 3 Conquanto trabalhando contra a glutonaria e a intemperança, devemos lembrar os recursos e os instrumentos da verdade evangélica, os quais se recomendam para justo julgamento. A fim de fazer nosso trabalho de modo simples e correto, precisamos reconhecer as condições a que está sujeita a família humana. Sabedoria no ensino MS 288 4 Deus tomou providência em favor dos que vivem nos diferentes países do mundo. Os que desejam ser coobreiros de Deus precisam considerar cuidadosamente como ensinam a reforma de saúde na grande vinha de Deus. Devem agir com cuidado ao especificar o que se pode e o que não se pode comer. O mensageiro humano precisa unir-se com o divino Ajudador ao apresentar a mensagem de misericórdia às multidões que Deus deseja salvar. MS 288 5 Devemos relacionar-nos com as massas. Fosse a reforma de saúde ensinada na sua mais extrema forma, e haveria dano. Nós lhes pedimos que deixem de comer carne e de beber chá e café. Isto está bem. ... MS 288 6 Todo alimento cárneo deve ser descartado, mas os vegetais devem ser preparados de modo apetecível, com um pouco de leite ou creme, ou algo equivalente. Dizem os pobres, quando lhes é apresentada a reforma de saúde: "Que vamos comer? Não podemos comprar alimentos com base em nozes." Ao pregar o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que comam os alimentos que forem mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: "Não deveis comer ovos, nem usar leite ou nata. Não deveis usar manteiga no preparo do alimento." O evangelho precisa ser pregado aos pobres, e ainda não é tempo de adotar o mais estrito regime. MS 289 1 Virá o tempo em que poderemos ter de dispensar alguns dos artigos alimentares que agora usamos, tais como leite, nata e ovos; mas minha mensagem é que não deveis entrar num tempo de prova antecipado, afligindo-vos de morte assim. Esperai até que o Senhor prepare o caminho na vossa frente. -- Carta 37, 1901. Provida luz em amor e piedade MS 289 2 Nosso benigno Pai celestial vê a deplorável condição dos homens, que, alguns com conhecimento mas muitos por ignorância, estão vivendo em violação das leis que Ele estabeleceu. E em amor e piedade para com os homens, Ele faz que a luz brilhe em relação à reforma de saúde. Ele publica Sua lei, bem como a penalidade que se segue a sua transgressão, a fim de que todos estejam informados, e tenham cuidado em viver em harmonia com a lei natural. Ele proclama Sua lei de modo tão claro, e torna-a tão preeminente, que é como uma cidade edificada sobre um monte. Todos os seres responsáveis podem entendê-la se quiserem. Os idiotas não serão responsabilizados. Tornar clara a lei natural, e instar para que seja obedecida, eis a obra que acompanha a mensagem do terceiro anjo, para preparar um povo para a vinda do Senhor. -- Testimonies for the Church 3:161. ------------------------Capítulo 16 -- A saúde do obreiro Pertencemos a Deus MS 291 1 Nosso corpo pertence a Deus. Ele pagou o preço da redenção pelo corpo tanto quanto pela alma. "Acaso não sabeis... que não sois de vós mesmos? Por que fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." "O corpo não é para a impureza, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo." O Criador vela sobre a maquinaria humana, mantendo-a em movimento. Não fosse o Seu constante cuidado, o pulso não bateria, a ação do coração cessaria, o cérebro não mais desempenharia a sua parte. MS 291 2 O cérebro é o órgão e instrumento da mente, e controla o corpo todo. Para as outras partes do organismo serem sadias, tem de o cérebro ser sadio. E para o cérebro ser sadio, o sangue tem de ser puro. Se, mediante corretos hábitos de comer e beber, o sangue for conservado puro, o cérebro será nutrido devidamente. MS 291 3 É a falta de ação harmoniosa no organismo humano que produz enfermidades. A imaginação pode controlar as outras partes do corpo, para dano seu. Todas as partes do organismo precisam trabalhar harmoniosamente. As diferentes partes do corpo, especialmente as partes distantes do coração, devem receber abundante circulação de sangue. Os membros desempenham uma parte importante, e devem receber a devida atenção. MS 291 4 Deus é o grande operador da maquinaria humana. No cuidado de nosso corpo precisamos cooperar com Ele. Amor a Deus é essencial para a vida e saúde. ... Para termos perfeita saúde nosso coração precisa estar cheio de amor, esperança e gozo. MS 291 5 Desejo imprimir na mente de nossos médicos o fato de que eles não podem fazer com seus pensamentos e imaginação como lhes agrada, e ao mesmo tempo estar seguros em sua vocação. Satanás é o destruidor; Cristo é o restaurador. Desejo que nossos médicos compreendam plenamente este ponto. Eles podem salvar almas da morte pela correta aplicação do conhecimento que obtiveram, ou podem operar contra o grande Edificador-Mestre. Podem cooperar com Deus, ou podem agir contrariamente aos Seus planos, deixando de trabalhar com Ele harmoniosamente. Regularidade no comer MS 292 1 Todos os médicos devem colocar-se sob o controle do Grande Médico. Sob Sua guia farão o que devem fazer. Mas o Senhor não operará um milagre para salvar a médicos que indiferentemente maltratam o Seu edifício. Até onde seja possível, devem os médicos observar regularidade em seus hábitos no comer. Devem fazer uma quantidade adequada de exercício. Devem estar determinados a cooperar com o grande Obreiro-Mestre. Deus opera, e o homem deve entrar na fileira e trabalhar com Ele, pois Ele é o Salvador do corpo. MS 292 2 Os médicos, mais do que todos, precisam compreender a relação que os seres humanos mantêm para com Deus, no que respeita à preservação da saúde e da vida. Necessitam estudar diligentemente a Palavra de Deus, não suceda transgredirem as leis da saúde. Não há necessidade de se tornarem fracos e desequilibrados. Sob a guia da autoridade celestial, podem ir avante em linhas retas e inconfundíveis. Mas precisam dar a mais fervorosa atenção às leis de Deus. Devem sentir que são propriedade de Deus, que foram comprados por preço, e portanto devem glorificá-Lo em todas as coisas. -- Manuscrito 24, 1900. Guardas fiéis de suas próprias faculdades MS 292 3 Os que colocam toda a sua alma no trabalho médico-missionário, que incansavelmente trabalham, em perigo, em privação muitas vezes, em cansaço e dor, estão em risco de esquecer que devem ser fiéis guardadores de suas próprias faculdades físicas e mentais. Não se devem permitir excessivo desgaste. Mas, cheios de zelo e fervor, eles muitas vezes agem desavisadamente, colocando-se sob demasiada tensão. A menos que tais obreiros façam mudança, o resultado será que sobre eles virá a doença, e entrarão em colapso. MS 292 4 Conquanto os obreiros de Deus devam ser cheios de nobre entusiasmo, e de determinação de seguir o exemplo do Obreiro divino, o grande Médico-Missionário, não devem tumultuar o seu dia de trabalho com coisas demasiadas. Se o fizerem, terão logo de deixar o trabalho inteiramente aniquilados, porque procuraram conduzir carga demasiada. Meu irmão, é correto de tua parte fazer o melhor uso das vantagens que te foram dadas por Deus, em ferventes esforços para alívio de sofredores e salvação de almas. Mas não sacrifiques tua saúde. MS 293 1 Temos uma vocação tão mais alta do que interesses comuns e egoístas, quão mais altos são os céus do que a Terra. Mas este pensamento não deve levar os dispostos e sacrificados servos de Deus a levar todos os fardos que possivelmente consigam levar, sem períodos de descanso. MS 293 2 Quão estupendo seria se entre todos os que se empenham em levar avante o maravilhoso plano de Deus para a salvação de almas, não houvesse indolentes! Quanto mais não seria realizado, se todos dissessem: "Deus me tem como responsável de estar inteiramente desperto; e que meus esforços falem em favor da verdade que professo crer! Devo ser um obreiro ativo, e não um sonhador." É porque há tantos sonhadores que fiéis obreiros têm de levar carga dupla. -- Carta 291, 1904. Esmagados pela tensão MS 293 3 Ouço a respeito de obreiros cuja saúde está entrando em colapso em virtude do peso das cargas que estão levando. Isto não deve acontecer. Deus nos faz lembrar que somos mortais. Não devemos incluir tarefas demasiadas em nosso trabalho. Não devemos conservar-nos sob tão grande tensão que nossas faculdades físicas e mentais sejam usadas até a exaustão. MS 293 4 Necessitam-se mais obreiros, para que alguns dos fardos possam ser removidos de alguns que estão agora tão sobrecarregados. O Senhor deseja que os que alcançaram experiência em Seu serviço sejam educadores. Devemos ser discípulos na escola de Cristo, para que possamos ensinar a outros e planejar sabiamente para o prosseguimento da obra de Deus. -- Manuscrito 71, 1903. O médico deve conservar as forças MS 293 5 Alguns que escolheram ser médicos são com demasiada facilidade levados para além dos deveres que sobre eles repousam como médicos. Alguns, pelo errôneo uso, debilitam suas faculdades, de modo que não podem prestar a Deus serviço perfeito. Eles se colocam onde não podem agir com vigor, tato e habilidade, e não compreendem que ao desconsiderarem as leis do físico, tornam-se ineficientes, e assim roubam a Deus e O desonram. MS 293 6 Não devem os médicos permitir que sua atenção seja desviada do seu trabalho. Também não devem confinar-se tanto ao trabalho profissional que sua saúde seja prejudicada. No temor de Deus, devem ser sábios no uso da força que Deus lhes deu. Jamais devem desconsiderar os meios que Deus proveu para a conservação da saúde. É seu dever manter sob o controle da razão toda faculdade que Deus lhes concedeu. MS 294 1 O médico, dentre todos os homens, deve tanto quanto possível tomar horas regulares para descanso. Isto lhe dará poder de resistência para fazer face ao desgaste imposto pelo seu trabalho. Em sua ocupada vida o médico descobrirá que o estudo das Escrituras e a oração fervorosa darão vigor de mente e estabilidade de caráter. -- Manuscrito 53, 1907. Perda espiritual por excesso de fadiga MS 294 2 Há os que podem com sucesso fazer certa quantidade de trabalho, mas que se tornam abatidos, irascíveis, impacientes, quando se acumula sobre eles uma porção maior de trabalho do que suas forças físicas e mentais lhes permitem realizar. Eles perdem o amor de Deus no coração, e então perdem o ânimo e a fé, e a bênção de Deus não está com eles. Há médicos que perderam o seu poder espiritual porque fizeram duas vezes mais trabalho do que deviam ter feito. Quando os homens são tentados, ou solicitados, a fazer mais trabalho do que podem, digam com firmeza: Não posso concordar em fazer isto. Não posso com segurança fazer mais do que estou fazendo. -- Manuscrito 44, 1903. É dever do pastor resguardar sua saúde MS 294 3 Deus não deseja apenas que Seus servos tenham fé no trabalho de Suas instituições. Deseja que vão além disto. Devem compreender que Deus deseja sejam exemplos vivos do que significa estar bem física e espiritualmente. Deseja que mostrem haver a verdade realizado grande obra por eles. MS 294 4 Os que se reúnem em nossas assembléias nem sempre estão em condições de julgar corretamente. Muitos sofrem de congestão cerebral. Os que se reúnem em tais ocasiões deviam primeiro fazer todo o possível para colocar-se em correta relação para com Deus e a saúde. Se a cabeça está congestionada, descubram onde está a causa. O cérebro é molestado porque há algum mal do estômago. Procurem descobrir o que há de errado em seu regime dietético. Nosso corpo é o templo do Espírito Santo, e se deixamos de fazer tudo que podemos para ter o corpo nas melhores condições de saúde, estamos roubando a Deus na honra que Lhe é devida pelos seres que Ele criou. MS 295 1 Se sois chamados a uma reunião conciliar, perguntai a vós mesmos se vossas faculdades perceptivas estão em condições adequadas para pesar as evidências. Se não estiverem em condições apropriadas, se vosso cérebro estiver confuso, não tendes o direito de tomar parte na reunião. Sois irascíveis? É vosso temperamento doce e fragrante, ou é tão agitado e desagradável que sereis levados a tomar decisões precipitadas? Tendes a sensação de que gostaríeis de lutar contra alguém? Então não vades à reunião, pois se fordes, por certo desonrareis a Deus. Pegai um machado e cortai lenha, ou empenhai-vos em algum exercício físico até que vosso espírito esteja brando e facilmente acessível a rogos. Justamente tão certo como vosso estômago está causando perturbações no cérebro, vossas palavras criarão perturbação na assembléia. Mais tormento é causado por distúrbios digestivos do que muitos reconhecem. MS 295 2 Devemos sempre comer o alimento mais simples. Não é raro comer-se duas vezes mais do que o organismo necessita. Então a natureza tem de trabalhar penosamente para dar conta do excesso. Tratai vosso estômago do modo correto, e ele fará o melhor que puder. ... MS 295 3 Admitam ou não, Deus impõe sobre todos os seres humanos o dever de cuidar do templo da alma. O corpo deve ser conservado limpo e puro. A alma deve ser santificada e enobrecida. Então, Deus diz: A ele virei, e com ele habitarei. Somos responsáveis por nossa própria salvação, e Deus nos pede contas da influência que exercemos sobre aqueles com quem nos relacionamos. Devemos assumir tal posição, física e espiritualmente, que recomendemos a religião de Cristo. Devemos dedicar nosso corpo a Deus. MS 295 4 Deus deseja que os Seus ministros permaneçam numa alta e santa posição. Os que abrem a Palavra de Deus para outros devem perguntar-se a si mesmos, antes de assumir o púlpito, se têm sido abnegados, se sua alimentação foi simples, de modo que o estômago possa digeri-la sem obscurecer o cérebro. Por favor, lede o primeiro capítulo de II Coríntios. Este capítulo inteiro é uma lição para todos os crentes. -- Manuscrito 62, 1900. Fortalecendo as faculdades mentais e morais MS 296 1 Sou instruída a dizer aos nossos obreiros e aos nossos presidentes de campo: Vossa utilidade como obreiros de Deus na tarefa de recuperar almas que estão a perecer, depende muito de vosso êxito em vencer o apetite. Vencei o desejo de satisfazer o apetite, e se conseguirdes isto, vossas paixões serão facilmente controladas. Então vossas faculdades mentais e morais serão mais fortes. "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do Seu testemunho." -- Carta 158, 1909. Nos climas quentes MS 296 2 Em climas quentes, calmosos, deve dar-se ao obreiro, seja qual for o setor de trabalho em que esteja, menos atividade do que se faria em clima mais brando. O Senhor Se lembra de que somos apenas pó. ... MS 296 3 Quanto menos açúcar se introduza no preparo do alimento, menos dificuldade se experimentará em relação à elevada temperatura climática. -- Carta 91, 1898. Jardinagem e saúde MS 296 4 Que homens e mulheres trabalhem no campo, pomar e jardim. Isto levará saúde e força aos nervos e aos músculos. Viver em ambiente fechado e convidar a má saúde é péssimo negócio. Se os que estão enfermos dessem aos nervos, músculos e tendões adequado exercício ao ar livre, sua saúde seria renovada. MS 296 5 A mais espantosa ignorância predomina quanto a pôr o cérebro, ossos e músculos em serviço ativo. Cada parte do organismo humano deve ser taxada por igual. Isto é necessário para o desenvolvimento harmônico e ação de cada parte. MS 296 6 Muitos não vêem a importância de ter terra para cultivar, e de produzir frutas e verduras, de modo que suas mesas possam ser supridas com essas coisas. Sou instruída a dizer a cada família e cada igreja: Deus vos abençoará quando operardes vossa salvação com temor e tremor, receando que, por desavisado trato do corpo, macularíeis o plano do Senhor para vós. MS 296 7 Muitos agem como se saúde e enfermidade fossem coisas inteiramente independentes de sua conduta, e inteiramente fora do seu controle. Não raciocinam da causa para o efeito, submetendo-se a debilidade e doença como uma necessidade. Violentos ataques de enfermidades crêem eles ser especial dispensação da Providência, ou o resultado de algum predominante, soberano poder; e recorrem a drogas como remédio para o mal. Mas as drogas tomadas para curar a doença enfraquecem o organismo. Exercícios regulares MS 297 1 Se os que estão enfermos, tanto homens como mulheres, exercitassem diariamente os músculos ao ar livre, usando cérebro, ossos e músculos proporcionalmente, fraqueza e languidez desapareceriam. Saúde ocuparia o lugar de doença, e força o lugar de debilidade. MS 297 2 Façam os que estão enfermos tudo que estiver em seu poder, mediante hábitos corretos no comer, beber e vestir-se, e pela prática judiciosa de exercícios, para garantir a recuperação da saúde. Que os pacientes que vêm aos nossos sanatórios sejam ensinados a cooperar com Deus na busca da saúde. "Vós sois lavoura de Deus; edifício de Deus sois." Deus fez nervos e músculos para que fossem usados. É a inação da maquinaria humana que produz sofrimento e enfermidades. -- Carta 5, 1904. ------------------------Capítulo 17 -- Trabalho médico-missionário nas grandes cidades Método de trabalho de Cristo MS 299 1 O Senhor está falando a Seu povo neste tempo, dizendo: Buscai entrar nas cidades, e proclamai a verdade em simplicidade e fé. O Espírito Santo operará por meio de vossos esforços, para impressionar os corações. Não introduzais nenhuma doutrina estranha em vossa mensagem, mas proferi as palavras simples do evangelho de Cristo, as quais jovens e velhos podem entender. Os indoutos bem como os educados devem compreender as verdades da mensagem do terceiro anjo, e precisam ser ensinados em simplicidade. Se quereis aproximar-vos do povo de modo aceitável, humilhai o vosso coração diante de Deus, e aprendei os Seus caminhos. MS 299 2 Obteremos muita instrução para o nosso trabalho pelo estudo dos métodos de trabalho de Cristo e Sua maneira de alcançar o povo. Na história do evangelho temos o registro de como Ele trabalhava por todas as classes, e de como ao trabalhar em cidades e vilas, milhares eram atraídos para o Seu lado a fim de ouvir-Lhe os ensinamentos. As palavras do Mestre eram claras e inconfundíveis, e eram proferidas em simpatia e ternura. Levavam a certeza: Aqui está a verdade. Era a simplicidade e o fervor com que Cristo trabalhava e falava, que atraía tantos a Ele. MS 299 3 O Grande Mestre estabeleceu os planos para o Seu trabalho. Estudai esses planos. Encontramo-Lo viajando de um lugar para outro, seguido por multidões de ávidos ouvintes. Quando podia, conduzia-os para além das cidades apinhadas, para a quietude dos campos. Aqui orava com eles, e falava-lhes de verdades eternas. MS 299 4 A simpatia que Cristo sempre manifestou pelas necessidades físicas de Seus ouvintes, obtinha de muitos uma resposta às verdades que procurava ensinar. Não era a mensagem do evangelho da mais profunda importância para aquela multidão de cinco mil pessoas que por horas O tinham seguido e ficado pendentes de Suas palavras? Muitos jamais tinham ouvido verdades como estas ouvidas então. Todavia o desejo de Cristo de ensinar-lhes verdades espirituais não O tornou indiferente a suas necessidades físicas. -- The Review and Herald, 18 de Janeiro de 1912. Evangelismo médico nas cidades MS 300 1 Agora é o tempo oportuno para trabalhar nas cidades, pois precisamos alcançar o povo aí. Como um povo temos estado em perigo de centralizar demasiados interesses importantes num só lugar. Isto não é sabedoria nem bom discernimento. Deve criar-se interesse agora nas principais cidades. Muitos centros pequenos devem ser estabelecidos, em vez de uns poucos centros grandes. ... MS 300 2 Sejam os missionários postos a trabalhar dois a dois em diferentes partes de todas as nossas grandes cidades. Os obreiros em cada cidade devem reunir-se freqüentemente para aconselhamento e oração, a fim de que tenham sabedoria e graça para trabalhar juntos eficaz e harmoniosamente. Estejam todos sobremodo despertos para tirar o máximo de cada possibilidade. Nosso povo deve cingir a armadura e estabelecer centros em todas as grandes cidades. Os instrumentos de Satanás estão ativos no campo, fazendo todo esforço para confundir a mente dos homens, enchendo-a com vãs imaginações, para que não se mostrem interessados na verdade. ... MS 300 3 Tenho procurado despertar nosso povo para que trabalhe em favor das partes não atingidas do grande campo missionário, mas poucos parecem responder aos apelos do Espírito de Deus. Nós não compreendemos a que extensão os agentes de Satanás estão trabalhando nessas grandes cidades. A obra de levar a mensagem da verdade presente perante o povo está-se tornando cada vez mais difícil. É essencial que novos e variados talentos se unam em inteligente trabalho pelo povo. Se a responsabilidade dessas cidades não trabalhadas caísse como deve sobre o coração de nosso povo, este despertaria para trabalhar em favor das almas prestes a perecer em pecado, como nunca fizera antes. ... MS 300 4 A mensagem que me é ordenado dar a nosso povo neste tempo, é: Trabalhai sem delongas as cidades, porque o tempo é curto. O Senhor tem mantido diante de nós este trabalho faz vinte anos ou mais. Alguma coisa tem sido feita em alguns lugares, mas poderia fazer-se muito mais. Sinto o peso da responsabilidade dia e noite, porque tão pouco está sendo realizado para advertir os habitantes de nossos grandes centros de população, a respeito dos juízos que cairão sobre os transgressores da lei de Deus. -- Carta 168, 1909. O preparo de obreiros MS 300 5 Em cada grande cidade deve haver grupos de obreiros organizados e bem disciplinados; e não meramente um ou dois, mas grande número deve ser posto a trabalhar. Mas permanece ainda sem solução a desconcertante pergunta de como serão eles sustentados. MS 301 1 Tem-se-me mostrado que em nosso trabalho para esclarecimento do povo nas grandes cidades a obra não tem sido tão bem organizada nem os métodos de trabalho tão eficientes como em outras igrejas que não possuem a grande luz que nós consideramos tão necessária. Por que isto? É que grande número de nossos obreiros está compreendido nos que gostam de pregar (e muitos que não estavam inteiramente qualificados para pregar foram postos na obra), e grande parte do trabalho tem sido despendido em pregação. MS 301 2 Mais atenção deve dar-se ao preparo e educação de missionários, tendo em vista de modo especial o trabalho nas cidades. Cada grupo de obreiros deve estar sob a direção de um líder competente, e deve manter-se sempre diante deles, que devem ser missionários no mais elevado sentido do termo. Um trabalho assim sistemático, sabiamente dirigido, produziria abençoados resultados. MS 301 3 Alguma coisa tem sido feita neste sentido, mas com demasiada freqüência o trabalho tem definhado, e nada de permanente tem sido alcançado. Há necessidade agora de fervoroso trabalho. Os jovens que são empregados pela Associação Geral precisam compreender que não devem somente pregar, mas servir, agir como homens que têm sobre si o peso da solene responsabilidade de buscar e salvar o que se havia perdido. MS 301 4 Não deve ser o objetivo do obreiro apresentar uma grande lista de sermões que haja pregado; mas, que tem ele feito na obra de salvar almas, de preparar obreiros? Isto requer fervente labor em esforço pessoal. Requer que o obreiro esteja muitas vezes com Deus em fervorosa oração, e que busque sabedoria mediante diligente exame das Escrituras. -- Carta 34, 1892. Dificuldades aumentarão MS 301 5 A importância de abrirmos nosso caminho nas grandes cidades ainda é mantido diante de mim. Por muitos anos o Senhor nos tem imposto este dever, e contudo vemos comparativamente pouca coisa realizada em nossos grandes centros de população. Se não assumirmos este trabalho de modo resoluto, Satanás multiplicará dificuldades que não serão vencidas facilmente. Estamos muito aquém na obra que devia ter sido feita nessas cidades há muito negligenciadas. O trabalho será agora mais difícil do que teria sido alguns anos atrás. Mas se assumirmos a tarefa em nome do Senhor barreiras serão derribadas, e decididas vitórias nos pertencerão. MS 302 1 Nesta obra necessitam-se médicos e ministros do evangelho. Precisamos levar com insistência nossas petições ao Senhor, e fazer o melhor de nossa parte, forçando a marcha com toda a energia possível, de modo que se faça uma abertura nas grandes cidades. Tivéssemos trabalhado no passado segundo os planos do Senhor, e muitas luzes que agora se apagam estariam brilhando com fulgor. -- Carta 148, 1909. Não é tempo de estabelecer colônias MS 302 2 Não é tempo agora de se estabelecerem colônias. A obra deve ser levada rapidamente de cidade em cidade. A luz que tem sido deixada sob o alqueire deve agora ser tirada e posta no velador, para que ilumine a todos que estão na casa. MS 302 3 Milhares de pessoas em nossas cidades são deixadas em trevas, e Satanás está jubiloso com a dilação, pois isto lhe dá oportunidade de trabalhar nesses campos com homens de influência para promover os seus planos. Podemos confiar agora em que nossos homens de responsabilidade desempenhem humilde e nobremente sua parte? Que as sentinelas despertem! Ninguém continue indiferente à situação. Deve haver completo despertamento entre os irmãos e irmãs de todas as nossas igrejas. MS 302 4 Por anos a obra nas cidades tem sido apresentada diante de mim, e com insistência reclamada de nosso povo. Instrução tem sido dada para que se abra o trabalho em novos campos. Tem havido algumas vezes um cioso temor de que alguém que esteja disposto a entrar em novos campos receba do povo recursos que se supunha fossem necessários em outro trabalho. Alguns em posição de responsabilidade têm achado que nada deve ser feito sem seu pessoal conhecimento e aprovação. Daí que eficientes obreiros têm algumas vezes sido obstados e impedidos, e as rodas do carro do progresso têm sido postas a mover-se lentamente na penetração de novos campos. MS 302 5 Em toda cidade grande devia ter havido uma forte força de obreiros trabalhando com fervor para advertir o povo. Tivesse esta tarefa sido assumida em humildade e fé, e Cristo teria ido diante dos humildes obreiros, e a salvação de Deus teria sido revelada. MS 303 1 Organizem-se rapidamente agora grupos que saiam de dois em dois e trabalhem no Espírito de Cristo, seguindo os Seus planos. Muito embora algum Judas possa introduzir-se nas fileiras dos obreiros, o Senhor cuidará da obra. Seus anjos irão na frente e prepararão o caminho. Antes disto, toda grande cidade devia ter ouvido a mensagem probante, e milhares deviam ter sido levados ao conhecimento da verdade. Despertai as igrejas, tirai a luz de sob o alqueire! Nossa demora é a oportunidade de Satanás MS 303 2 Onde estão os homens que trabalhem e estudem e se angustiem em oração como Cristo fez? Não devemos limitar nossos esforços a uns poucos lugares. "Se vos perseguirem numa cidade, fugi para outra." Seja seguido o plano de Cristo. Ele estava sempre procurando oportunidade de empenhar-Se em trabalho pessoal, sempre pronto a interessar e atrair homens para o estudo das Escrituras. Trabalhava pacientemente por homens que não tinham um claro conhecimento do que fosse a verdade. Enquanto não estamos despertos para a situação, e enquanto muito tempo é consumido no planejamento de como alcançar almas que estão a perecer, Satanás se ocupa em maquinar e bloquear o caminho. MS 303 3 Em vista das muitas cidades negligenciadas de um ao outro extremo dos Estados Unidos, sinto-me livre para dizer que demasiado trabalho tem sido empregado em planificação numas poucas localidades favorecidas. Que não se empregue tão grande porção de meios e de tempo em outros lugares como os que se empregaram em _____; pois isto será visto como evidência de que não cremos realmente que o fim de todas as coisas está próximo. Satanás sabe como fazer uso de toda incoerência, e influenciará homens para que nos apontem e digam: "Eles não crêem no que ensinam." -- Manuscrito 21, 1910. Uma missão em cada cidade MS 303 4 Em cada cidade devia haver uma missão urbana, que fosse uma escola de preparo para obreiros. Muitos de nossos irmãos são passíveis de condenação à vista de Deus, porque não têm feito o trabalho que Ele queria fizessem. MS 303 5 Se nossos irmãos usarem a habilidade que Deus lhes dá, para advertirem as cidades, certamente anjos de Deus irão diante deles, a fim de impressionar o coração das pessoas por quem trabalham. O Senhor tem muitos milhares que jamais dobraram os joelhos a Baal. Que nossos obreiros e nossos médicos não fraquejem nem sejam desencorajados. -- Carta 56, 1910. Um poderoso movimento MS 304 1 Não há mudança nas mensagens que Deus enviou no passado. O trabalho nas cidades é a obra essencial para este tempo. Quando as cidades forem trabalhadas como Deus deseja, o resultado será o pôr-se em operação um poderoso movimento como nunca foi testemunhado. Deus convoca homens convertidos à verdade que tenham espírito de sacrifício, para que deixem sua luz brilhar em raios claros e distintos. ... MS 304 2 Como um povo não estamos nem meio acordados para o senso de nossas necessidades e do tempo em que vivemos. Despertai as sentinelas. Nosso primeiro trabalho deve ser examinar o nosso coração e nos reconvertermos. Não temos tempo a perder com decisões sem importância. -- Carta 46, 1910. Cooperação MS 304 3 Neste esforço em favor das cidades, necessitamos muito da cooperação de todas as classes de obreiros. Necessitamos de modo especial o auxílio que o médico pode prestar como evangelista. Se pastores e médicos planejarem unir-se no esforço de alcançar os corações sinceros que há em nossas cidades, os médicos, bem como os pastores, serão postos em terreno vantajoso. Ao trabalharem em humildade, Deus abrirá o caminho diante deles, e muitos receberão o salvador conhecimento da verdade. -- Manuscrito 9, 1910. Seguir adiante MS 304 4 Os princípios da reforma de saúde devem ser promulgados como parte da obra nessas cidades. A voz da mensagem do terceiro anjo deve ser ouvida com poder. Sejam os ensinos da reforma de saúde introduzidos em cada esforço feito para colocar a luz da verdade diante do povo. Sejam selecionados obreiros que estejam qualificados para ensinar a verdade sabiamente, de modo simples e claro. Não esperemos que todo o caminho esteja desobstruído, para iniciar esta obra. A fé diz: Avante! Cristo diz: "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." Prossegui, passo a passo, não deixando aquele espírito e santificação pela verdade que a presença do Espírito de Deus e a obediência à verdade darão. -- Manuscrito 1, 1910. Uma parábola do que deve ser MS 305 1 Quando o Dr. Paulson me mostrou o local que havia sido comprado para a obra do sanatório em Hinsdale, senti-me completamente satisfeita, pois este lugar atendia a representações que me haviam sido dadas de lugares que poderiam ser obtidos por nosso povo para obra de sanatório fora das grandes cidades. O tempo mostrará que propriedades como esta podem ser usadas com muito mais vantagem do que edifícios em Chicago, pois a impiedade de Chicago é como a impiedade de Sodoma e Gomorra. Foi-me também representado que havia outros lugares próximo de Chicago, mas afastados da cidade, que o Senhor gostaria o Seu povo adquirisse. Há almas a serem alcançadas. A mensagem deve ser proclamada. Esta é a luz que me tem sido dada. MS 305 2 Foi-me dada uma representação da proclamação da Palavra da verdade com clareza e poder em muitos lugares onde ela jamais havia sido ouvida. O Senhor gostaria que o povo estivesse advertido, pois uma grande obra será feita em curto tempo. Eu ouvi a Palavra de Deus proclamada em muitas localidades fora da cidade de Chicago. Muitas vozes proclamavam a verdade com grande poder. Aquilo que proclamavam não eram teorias fantasiosas, mas a mensagem de advertência. Enquanto a sólida verdade da Bíblia saía de lábios de homens que não tinham teorias ou fantasias, ou uma confusa ciência para apresentar, outros havia que trabalhavam com todo o poder para introduzir falsas teorias referentes a Deus e a Cristo. E operavam-se milagres, para enganar, se possível, até os escolhidos. MS 305 3 Ouvi a mensagem proclamada com poder por homens que não haviam sido educados em _____. Entre os que estavam empenhados no trabalho havia jovens tirados dos arados e dos campos, e enviados a pregar a verdade como é em Jesus. Inquestionável fé no Senhor Deus do Céu era comunicada aos que eram chamados e escolhidos. "Tudo isto", disse o meu instrutor, "é uma parábola do que deve ser e do que será." Nos distritos rurais MS 305 4 No momento, alguns serão obrigados a trabalhar em Chicago; mas esses deviam estar preparando centros de trabalho nos distritos rurais, de onde façam o trabalho na cidade. O Senhor gostaria que o Seu povo olhasse em torno de si, e adquirisse lugares humildes, não dispendiosos, como centros para o seu trabalho. E de tempos em tempos, lugares maiores virão ao seu conhecimento, os quais eles poderão comprar por preço surpreendentemente baixo. -- Manuscrito 33, 1906. Sanatórios e restaurantes saudáveis MS 306 1 Deus tem declarado que sanatórios e restaurantes saudáveis devem ser estabelecidos com o propósito de tornar Sua lei conhecida ao mundo. O fechamento de nossos restaurantes ao sábado será um testemunho de que há um povo que não desrespeitará o santo dia de repouso de Deus nem por lucro nem para agradar a pessoas. Esses restaurantes devem ser estabelecidos em nossas cidades a fim de pôr a verdade diante de muitos que estão absorvidos nos negócios e prazeres deste mundo. Muitos destes são cristãos professos, mas são "mais amantes dos prazeres do que de Deus". Eles devem vir a saber que Deus tem um povo que O teme e guarda os Seus mandamentos. Eles devem ser ensinados como escolher e preparar alimento simples, melhor ajustado para nutrir o corpo e preservar a saúde. -- Manuscrito 115, 1903. Perigo de perder a característica MS 306 2 Há, no estabelecimento de restaurantes, o perigo de perder de vista a obra que, principalmente, necessita ser feita. Há o perigo de os obreiros perderem de vista a obra de salvar almas, ao promoverem a parte comercial do empreendimento. Há o perigo de que ao aspecto comercial da obra se permita expulsar a parte espiritual. MS 306 3 Algum bem está sendo feito pelo trabalho dos restaurantes. Homens e mulheres estão sendo ensinados a dispensar a carne e outros artigos alimentares danosos. Mas quem está sendo alimentado com o pão da vida? Está o propósito de Deus sendo cumprido, se nesta obra não há conversões? É tempo de fazermos uma parada, não aconteça estarmos despendendo nossas energias no estabelecimento de uma obra que pouco faz para preparar um povo para a vinda do Senhor. MS 306 4 O único objetivo no estabelecimento de restaurantes era remover o preconceito da mente de homens e mulheres, e ganhá-los para a verdade. O mesmo esforço aplicado na circulação de nossa literatura, em fazer trabalho evangelístico, renderia muito mais em salvar almas. Deve fazer-se trabalho pessoal MS 307 1 Os obreiros de nossos restaurantes não estão fazendo o trabalho pessoal que deve ser feito para pôr a verdade diante daqueles que vêm em busca de refeições. Em alguns respeitos estão sendo feitas na mente dos obreiros impressões nada favoráveis a um crescimento na graça. MS 307 2 O alimento em si não santificará a alma de quem dele se serve. Estão sendo cumpridas as palavras: "Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas sobretudo em poder, no Espírito Santo, e em plena convicção; ... de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes... por toda parte"? MS 307 3 Esta é a obra que Deus tem esboçado diante de nós. Está sendo feita? Há em nossos restaurantes obreiros empregados que têm suficiente força espiritual para resistir às tentações que enfrentarão nas cidades? MS 307 4 Mostre-se mais desejo de receber o Espírito Santo como instrutor, e menos desejo de levar avante na sabedoria humana uma obra envolvendo tanto. MS 307 5 Nossos moços e moças devem ser postos a trabalhar onde sua capacidade seja usada com o máximo rendimento. Devem permanecer onde possam promover a obra de Cristo na salvação de almas. Não devem ser mantidos num trabalho em que estão de contínuo perdendo terreno, trabalho em que almas não são levadas ao conhecimento da verdade. Utilidade determinada pelos resultados MS 307 6 Não é o grande número de refeições servidas que dá glória a Deus. De que vale isto se nenhuma alma se converteu para alegrar o coração dos obreiros? MS 307 7 Foi feita a pergunta: A quanto monta todo o trabalho que tem sido feito? Tem tido uma influência santificadora, abençoada, sobre a mente dos obreiros, ou tem sido o meio de expô-los a tentações que têm destruído sua paz e esperança? MS 307 8 Que nossos obreiros e médicos raciocinem da causa para o efeito. A menos que a obra de nossos restaurantes dê resultados espirituais favoráveis, deixai que o mundo sirva a suas próprias mesas, assumindo o povo do Senhor uma obra em que seus talentos sejam postos em rendimento. MS 308 1 É chegado o tempo em que o povo do Senhor deve estar certo de que está empenhado numa obra que produz, como também consome. Os que se têm unido com a igreja devem situar-se de tal modo que suas faculdades espirituais não diminuam, mas aumentem. Não devem colocar-se onde não tenham oportunidade de crescer na graça. -- Manuscrito 84, 1903. Um sanatório próximo de Nova Iorque MS 308 2 Precisamos de um sanatório e uma escola nas vizinhanças da cidade de Nova Iorque, e quanto mais se demore em obter-se isto, mais difícil se tornará. MS 308 3 Seria bom adquirir um lugar como um lar para nossos obreiros da Missão, fora da cidade. É de grande importância que eles tenham as vantagens da água pura, livre de toda contaminação. Por isto, muitas vezes é bom considerar as vantagens de localização entre colinas. E deve haver alguma terra onde se possam produzir frutas e verduras para benefício dos obreiros. Seja uma Missão em um lugar tão saudável quanto possível, e associe-se com ela um pequeno sanatório. Deve também ser adquirido um lugar na cidade, onde possam ser administrados tratamentos simples. MS 308 4 Semelhante lar seria um retiro bem-vindo para nossos obreiros, onde possam estar afastados da azáfama e confusão da cidade. O exercício exigido para subir os morros é muitas vezes um grande benefício para nossos pastores, médicos ou outros obreiros que estejam em perigo de deixar de fazer suficientes exercícios. MS 308 5 Lares assim sejam adquiridos nas vizinhanças de várias cidades, e fervorosos e determinados esforços sejam feitos por homens capacitados a dar nessas cidades a alertadora mensagem que deve ir a todo o mundo. Temos apenas tocado, por assim dizer, umas poucas cidades. MS 308 6 Sejam designados homens de são juízo, não para publicar à larga suas intenções, mas para investigar tais propriedades em distritos rurais, de fácil acesso às cidades, apropriadas para pequenas escolas de preparo para obreiros, e onde se possam também prover condições para tratamento de enfermos e cansadas almas que não conhecem a verdade. Procurai tais lugares exatamente fora das grandes cidades, onde se possam adquirir edifícios apropriados, seja como doação por parte dos proprietários, ou comprados a preço razoável, com os donativos de nosso povo. Não levanteis edifícios em cidades ruidosas. Aquisição de edifícios MS 309 1 Em cada cidade onde a verdade é proclamada, devem-se levantar igrejas. Em algumas cidades grandes é preciso que haja igrejas em diferentes partes da cidade. Em alguns lugares, casas de reunião serão oferecidas ainda por preço razoável, as quais podem ser compradas com vantagem. Em alguns lugares importantes serão oferecidas a venda propriedades que são especialmente apropriadas para trabalho de sanatório. As vantagens disso devem ser cuidadosamente consideradas. MS 309 2 A fim de que alguns desses lugares possam ser adquiridos para nosso trabalho, será necessário economizar cuidadosamente os recursos, não se fazendo nenhuma despesa extravagante em um só lugar. A própria simplicidade dos edifícios que usarmos será uma lição em harmonia com as verdades que temos a apresentar. Para o nosso trabalho de sanatório precisamos adquirir edifícios cuja aparência e arranjo sejam uma demonstração dos princípios de saúde. Localização de obreiros MS 309 3 Será grandemente vantajoso ter os nossos edifícios localizados tanto quanto possível em lugares retirados. A salubridade dos arredores deve ser cuidadosamente considerada. Os locais escolhidos devem estar um pouco fora de cidades ruidosas. Os que trabalham nas grandes cidades precisam de vantagens especiais, a fim de que não sejam chamados a sacrificar a vida ou a saúde desnecessariamente. MS 309 4 Escrevo estas coisas porque se me tem apresentado como assunto de importância que nossos obreiros evitem tanto quanto possível tudo que ponha em perigo sua saúde. Precisamos exercer o melhor discernimento nestas questões. Homens e mulheres idosos ou debilitados não devem ser enviados a trabalhar em cidades aglomeradas e insalubres. Trabalhem eles onde sua vida não seja desnecessariamente sacrificada. Nossos irmãos que levam a verdade às cidades não devem ser obrigados a pôr em perigo sua saúde no ruído, azáfama e confusão, se se puderem obter locais retirados. MS 309 5 Os que estão empenhados no difícil e probante trabalho das cidades devem receber todo encorajamento possível. Não sejam submetidos a maldosas críticas por parte de seus irmãos. Precisamos ter cuidado dos obreiros do Senhor que estão expondo a luz da verdade aos que estão nas trevas do erro. Temos presente diante de nós uma elevada norma. MS 310 1 Todo ministro do evangelho deve ser amigo dos pobres, dos aflitos e opressos dentre o povo crente de Deus. Cristo foi sempre amigo dos pobres, e os interesses destes devem ser considerados sagrados. Tem havido não raro uma surpreendente carência de compaixão e amorável interesse cristão nos pobres e aflitos. Amor, sagrado, aprimorado amor, deve ser mostrado pelos pobres e desafortunados. -- Carta 168, 1909. Remindo o tempo MS 310 2 As terríveis calamidades que se estão abatendo sobre as grandes cidades devem despertar-nos para intensa atividade em dar a mensagem de advertência ao povo nesses congestionados centros populacionais, enquanto ainda temos oportunidade. O tempo mais favorável para a apresentação de nossa mensagem nas cidades passou. O pecado e a impiedade estão aumentando rapidamente, e agora temos de remir o tempo, trabalhando tanto mais fervorosamente. -- Carta 148, 1906. Buscando lares no campo MS 310 3 Aos pais que estão vivendo nas cidades, o Senhor está enviando o grito de advertência: Reuni vossos filhos dentro de vossas próprias casas; afastai-os daqueles que estão violando os mandamentos de Deus, que estão ensinando e praticando o mal. Saí das cidades o mais depressa possível. MS 310 4 Os pais podem adquirir pequenas propriedades no campo, com terras para cultivo, onde podem ter pomares e cultivar hortaliças e pequenos frutos que tomem o lugar da carne, que é tão maléfica à vital corrente sangüínea que flui através das veias. Nesses lugares os filhos não estarão rodeados das corruptoras influências da vida da cidade. Deus ajudará o Seu povo a encontrar lares como estes fora das cidades. -- Manuscrito 133, 1902. Localização rural das instituições MS 310 5 Tanto quanto possível, nossas instituições devem estar localizadas fora das cidades. Precisamos de obreiros para essas instituições, e se estas estiverem localizadas nas cidades, significa que as famílias de nosso povo terão que se estabelecer perto delas. Mas não é a vontade de Deus que Seu povo se fixe nas cidades, onde há constante tumulto e confusão. Seus filhos devem ser poupados disto; pois todo o organismo é afetado pela pressa, correria e ruído. MS 311 1 O Senhor deseja que Seu povo se mude para o campo, onde possam fixar-se na terra, cultivando aí suas próprias frutas e verduras, e onde seus filhos possam ser postos em contato direto com as obras de Deus na Natureza. Tirai vossa família das cidades, é minha mensagem. -- Carta 182, 1902. O trabalho pelos de baixa classe MS 311 2 Ultimamente [1899], grande interesse tem sido despertado pelos pobres e os de baixa classe; grande trabalho tem sido empreendido para o erguimento dos caídos e degradados. Este é em si mesmo um bom trabalho. Devemos ter sempre o Espírito de Cristo e fazer a mesma espécie de trabalho que Ele fez pela humanidade sofredora. O Senhor tem um trabalho para ser feito pelos de baixa classe. Não há dúvida quanto a ser o dever de alguns trabalhar entre eles, e procurar salvar as almas que estão perecendo. Isto terá o seu lugar em conexão com a proclamação da mensagem do terceiro anjo e a recepção da verdade bíblica. Mas há o perigo de sobrecarregar-se cada um com esta espécie de trabalho, em virtude da intensidade com que é levado avante. Há o perigo de que os homens sejam levados a centralizar suas energias neste setor, quando Deus os chamou para outro trabalho. MS 311 3 A grande questão de nosso dever para com a humanidade é séria, e grande soma da graça de Deus é necessária na decisão de como trabalhar de modo que se produza o máximo de bem. Nem todos são chamados a iniciar o seu trabalho laborando entre os da mais baixa classe. Deus não requer que Seus obreiros obtenham educação e preparo para devotar-se exclusivamente a essas classes. MS 311 4 A operação de Deus é manifesta de um modo que estabelecerá a confiança de que a obra é projeto Seu, e que princípios sadios sustentam cada ação. Mas tenho recebido instrução de Deus de que há o perigo de fazerem-se planos para os de baixa classe de tal modo que levarão a movimentos espasmódicos e excitáveis. Estes não produzirão resultados realmente benéficos. Uma classe será encorajada a fazer uma espécie de trabalho que resultará num mínimo de fortalecimento de todas as partes da obra pela ação harmoniosa. MS 312 1 O convite do evangelho deve ser feito aos ricos e aos pobres, aos elevados e aos humildes, e precisamos imaginar meios para levar a verdade a novos lugares, e a todas as classes de pessoas. O Senhor nos ordena: "Saí pelos caminhos e valados, e forçai-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Ele diz: "Começai junto aos caminhos; trabalhai completamente os caminhos; preparai um grupo que em união convosco possam sair para fazer aquele mesmo trabalho que Cristo fez ao buscar e salvar o que se havia perdido." MS 312 2 Cristo pregou o evangelho aos pobres, mas não limitou os Seus labores a esta classe. Ele trabalhou por todos os que quisessem ouvir Sua palavra -- não somente os publicanos e marginalizados, mas os ricos e cultos fariseus, os nobres judeus, o centurião e o governador romano. Esta é a espécie de trabalho que sempre tenho visto deve ser feita. Não devemos forçar cada tendão e nervo espirituais no trabalho pelos de classe mais baixa, e fazer deste trabalho o todo em tudo. Há outros a quem precisamos levar ao Mestre, almas que necessitam a verdade, que estão levando responsabilidades, e que trabalharão com toda sua santificada habilidade tanto nos lugares altos como nos baixos. MS 312 3 A obra pelas classes mais pobres não tem limites. Ela nunca pode ser concluída, e tem de ser tratada como uma parte do grande todo. Dar nossa primeira atenção a este trabalho, quando há vastas porções da vinha do Senhor abertas ao cultivo, e todavia ainda não tocadas, é começar no lugar errado. O que é o braço direito para o corpo, é a obra médico-missionária para a mensagem do terceiro anjo. Mas o braço direito não deve tornar-se o corpo inteiro. A obra de buscar os de baixa classe é importante, mas não deve tornar-se o grande fardo de nossa missão. -- Manuscrito 3, 1899. Resguardar a juventude MS 312 4 Grande cuidado deve tomar-se no trabalho pelos de baixa classe. Nem moços nem moças devem ser enviados aos lugares mais aviltados de nossas cidades. Os olhos e os ouvidos dos moços e moças devem ser guardados do mal. Há muita coisa que a juventude pode fazer pelo Mestre. Se vigiarem e orarem e puserem em Deus sua confiança, serão preparados para fazer diferentes espécies de excelente trabalho sob a supervisão de obreiros experientes. -- Manuscrito 33, 1901. Dificuldades vencidas MS 313 1 Em visões da noite foram-me mostradas as dificuldades que precisavam ser enfrentadas na obra de advertir o povo nas cidades; mas a despeito de dificuldades e desencorajamentos, esforços devem ser feitos para pregar a verdade a todas as classes. ... MS 313 2 O Senhor deseja que Seu povo desperte e faça o trabalho que lhe foi indicado. A responsabilidade de advertir o mundo não repousa sobre os pastores somente, mas também os membros da igreja devem participar da obra de salvar almas. Mediante visitas missionárias e sábia distribuição de nossa literatura, muitos que jamais haviam sido advertidos podem ser alcançados. Organizem-se grupos que procurem as almas. Que os membros da igreja visitem seus vizinhos e abram-lhes as Escrituras. Alguns podem ser postos a trabalhar nos valados, e assim, mediante sábio planejamento, a verdade pode ser pregada em todos os distritos. MS 313 3 Com perseverança neste trabalho, aumentar-se-á a aptidão para ele, e muitos verão o fruto de seus trabalhos na salvação de almas. Esses convertidos, por sua vez, ensinarão a outros. Assim será a semente semeada em muitos lugares, e a verdade proclamada a todos. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1912. ------------------------Capítulo 18 -- Dimensões da obra Coobreiros de Cristo MS 315 1 Aquele que crê em Jesus Cristo como Salvador Pessoal deve ser coobreiro Seu, ligado ao Seu coração de infinito amor, cooperando com Ele em obras de abnegação e beneficência. Aquele a quem Cristo revelou Sua perdoadora graça, em praticando as obras de Cristo encontrar-se-á unido com Cristo. Deus chama aqueles por quem fez esse infinito sacrifício, a que tomem sua posição como colaboradores Seus no desenvolvimento da benévola operação da divina beneficência. MS 315 2 Cristo Se retirou da Terra, mas os Seus seguidores foram ainda deixados no mundo. Sua igreja, composta daqueles que O amam, devem dar em palavras e atos, em seu altruístico amor e beneficência, uma representação do amor de Cristo. Devem eles, mediante a prática da abnegação e o levar a cruz, ser o meio de implantação do princípio de amor no coração daqueles que não estão familiarizados com o Salvador mediante conhecimento experimental. O propósito das igrejas MS 315 3 Sobre todos os que crêem, Deus colocou a responsabilidade de fundar igrejas, para o expresso propósito de preparar homens e mulheres para que usem para benefício do mundo as qualidades que lhes foram confiadas, empregando para Sua glória os meios que Ele concedeu. Ele fez dos seres humanos Seus mordomos. Alegre e generosamente devem usar os meios em seu poder para o avançamento da justiça e da verdade. Devem empregar os talentos que lhes foram confiados, na edificação de Sua obra e na ampliação do Seu reino. Pastores como médicos missionários MS 315 4 Nossas igrejas, grandes e pequenas, não devem ser tratadas de modo que se tornem irremediavelmente dependentes do auxílio ministerial. Os membros devem ser tão firmados na fé que tenham conhecimento inteligente da obra médico-missionária. Devem ser o exemplo de Cristo, ajudando aos que estão ao seu redor. Fielmente devem cumprir os votos feitos quando de seu batismo, o voto de que praticariam as lições ensinadas na vida de Cristo. Mediante a santificação da verdade como é em Jesus, devem plantar nos corações os princípios vivos da fé salvadora. Devem trabalhar em união a fim de manter vivos na igreja os princípios de abnegação e sacrifício próprio, os quais Cristo, revestida Sua divindade da humanidade, seguiu em Sua obra médico-missionária. É o partilhar o conhecimento do amor e ternura de Cristo que dá eficiência às operações missionárias. Um exército de obreiros MS 316 1 O Senhor Jesus deseja que os membros de Sua igreja sejam um exército de obreiros, por Ele trabalhando segundo suas diversificadas habilidades, e promovendo os princípios de abnegação e sacrifício próprio, preservando aquele amor por Deus que os tirou do mundo, e que os manterá unidos, longe de confederações separatistas, de grupos separados e afastados. A obra deve ser um grande e harmonioso todo em Cristo Jesus. A fé que opera por amor e purifica a alma é o elevado, santo e santificante instrumento que deve abrandar e subjugar a dissonante natureza humana. O amor de Cristo deve constranger os crentes, levando-os a se unirem em ação harmoniosa ante a cruz do calvário. Ao viverem os princípios que os separaram do mundo, estarão ligados uns aos outros pelas sagradas cordas do amor cristão. Fazer as obras de Cristo MS 316 2 Com graça no coração devem os crentes fazer as obras de Cristo, colocando-se, alma, corpo e espírito, ao Seu lado, como Sua mão humana, para distribuir o Seu amor com os que estão fora do aprisco. Os crentes devem associar-se uns com os outros em companheirismo cristão, considerando-se uns aos outros como irmãos e irmãs no Senhor. Devem amar-se uns aos outros como Cristo os amou. Devem ser luzes para Deus, brilhando na igreja e no mundo, recebendo graça por graça, ao distribuírem a outros. Assim são constantemente guardados em espiritual proximidade de Deus. Refletem a imagem de Cristo. MS 316 3 O amor santificado é expansível, recusando-se a ser limitado pelo lar ou a igreja. Ele procura salvar as almas que estão a perecer. Cada coração que haja sentido o amor de um Salvador que perdoa o pecado encontra-se aliado a todos os outros corações cristãos. Os verdadeiros crentes unir-se-ão uns aos outros no trabalho pelas almas prestes a perecer. Não gastem os nossos pastores tempo e energia no trabalho pelos que conhecem a verdade. Em vez disto procurem os que estão fora do aprisco, devendo estimular-se uns aos outros a fervorosa ação em bem definidos e santificados esforços para salvar as pobres almas que estão perecendo em seus pecados. Uma igreja viva MS 317 1 Quando nossas igrejas cumprirem o dever que sobre elas impende, serão instrumentos vivos, operantes, em favor do Mestre. A manifestação de amor cristão encherá a alma com um fervor mais profundo, mais intenso, no trabalho por Aquele que deu Sua vida para salvar o mundo. Ao ser bons e fazer o bem, os seguidores de Cristo expulsam da alma o egoísmo. A eles parece pouco o maior sacrifício que tiverem de fazer. Eles vêem uma grande vinha que deve ser trabalhada, e compreendem que devem estar preparados pela divina graça para trabalhar pacientemente, fervorosamente, a tempo e fora de tempo, numa esfera que não conhece limites. Obtêm vitória após vitória, crescendo em experiência e eficiência, estendendo por todos os lados os seus ferventes esforços para conquistar almas para Cristo. Utilizam com o maior proveito sua crescente experiência; eles têm o coração abrandado pelo amor de Cristo. Oportunidades MS 317 2 Todos podem trabalhar pela salvação dos que estão fora da arca da segurança. Quando os membros da igreja se mantêm empenhados no serviço de Deus, comprometidos com o trabalho missionário; quando assumem o trabalho altruisticamente, porque amam as almas por quem Cristo morreu, e estão desejosos de unir-se com o grande Médico-Missionário, o Senhor Se aproximará deles para instruí-los. A vida está cheia de oportunidades para missionários praticantes. Cada homem, mulher e criança, pode semear diariamente as sementes de palavras bondosas e obras altruístas. Milhares de correntes MS 317 3 Veremos a obra médico-missionária ampliando-se e aprofundando-se em todos os pontos de seu progresso, em virtude de centenas e milhares de rios afluentes, até que toda a Terra esteja coberta como as águas cobrem o mar. Nossos pastores estão desgostando a Deus por seus débeis esforços para que as verdades de Sua Palavra brilhem para o mundo. Nada fortalece tanto as igrejas como ver a obra progredindo em outras partes da vinha. Quando os obreiros compreenderem a grande bênção que deriva do trabalho por aqueles que não conhecem a verdade, ausentar-se-ão das igrejas, depois de impressioná-las com a importância de idear planos e métodos pelos quais possam fazer dentro dos seus limites a mesma espécie de trabalho que os ministros do evangelho estão fazendo nas regiões distantes. A vida de trabalho é uma escola MS 318 1 O mundo não é um campo de esporte, onde estamos para nos divertir; é uma escola, onde devemos estudar com afinco e inteiramente as lições a nós dadas na Palavra de Deus. Aí podem aprender como receber e como distribuir; podem aprender como buscar as almas nos caminhos e valados da vida. Com que grande fervor se empenham as pessoas nos jogos deste mundo! Se os que a eles se dedicam aplicassem o mesmo fervor na conquista da coroa da vida, coroa que não murcha, que vitórias não ganhariam! Tornar-se-iam médicos-missionários, e veriam quanto poderiam fazer para aliviar a humanidade sofredora. Que bênção seriam! O que necessitamos é educação prática. Pastores e povo, praticai as lições que Cristo deu em Sua Palavra, e tornar-vos-eis semelhantes a Cristo no caráter. -- Manuscrito 32, 1901. A verdade deve ser apresentada de muitos modos MS 318 2 A igreja de Cristo depende dEle para sua própria existência. Somente por meio dEle pode ela alcançar contínua vida e força. Os membros devem viver constantemente na mais íntima relação vital com o Salvador. Devem seguir em Seus passos de abnegação e sacrifício. Devem ir aos caminhos e valados da vida para conquistar almas para Ele, usando todo meio possível para que a verdade possa aparecer diante do mundo em seu verdadeiro caráter. MS 318 3 A verdade deve ser apresentada em diferentes modos. Alguns nas mais altas esferas da vida apreendê-la-ão quando apresentada em figuras e parábolas. Ao trabalharem os homens para desdobrar a verdade com clareza tal que a convicção possa chegar aos ouvintes, o Senhor estará presente como prometeu. Ao saírem em sua missão, ensinando todas as coisas que Cristo ordenou, cumprir-se-á a promessa: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Os que são sinceros de coração verão a importância da verdade para este tempo, e assumirão o seu lugar nas fileiras dos que estão guardando os mandamentos de Deus e ensinando-os. -- Carta 223, 1905. Como revelar a Cristo MS 319 1 Há uma grande obra a ser feita. Como revelaremos a Cristo? Não conheço melhor modo... do que lançar mão da obra médico-missionária em associação com o ministério. Aonde quer que vades, aí começai a trabalhar. Mostrai interesse pelos que estão ao vosso redor e que necessitam de auxílio e luz. Podeis levantar-vos e pregar àqueles aqui que conhecem a verdade; podeis pregar-lhes sermão após sermão, mas eles não apreciam. Por quê? Porque estão inativos. Cada um que está em condições de sair e trabalhar deve levar para o fundamento, não madeira, feno, e palha, mas ouro, prata e pedras preciosas. -- The General Conference Bulletin, 18 (1901). Novo elemento MS 319 2 Um novo elemento deve ser introduzido no trabalho. O povo de Deus precisa receber a advertência, e trabalhar pelas almas justo onde elas estão, pois as pessoas não reconhecem sua grande necessidade e perigo. Cristo procurou o povo onde ele estava, expondo-lhe as grandes verdades relativas a Seu reino. Ao ir de lugar para lugar, abençoava e confortava os sofredores, e curava os enfermos. Este é nosso trabalho. Deus deseja que aliviemos as necessidades dos que sofrem penúria. A razão por que o Senhor não manifesta o Seu poder de modo mais decidido é que há muito pouca espiritualidade entre os que dizem crer na verdade. -- Carta 42, 1898. Oportunidades para todos MS 319 3 "E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam." MS 319 4 As palavras proferidas aos discípulos o são também a nós. Ninguém precisa pensar que o tempo de trabalhar como os apóstolos trabalharam é passado. Homens e mulheres podem trabalhar hoje conforme o exemplo dado por Cristo. A todos advirão oportunidades de ajudar as almas enfermas do pecado e aos que estiverem em necessidade de cura física. A cura do corpo é uma ciência de origem celestial, associada à comissão evangélica. -- Manuscrito 16, 1904. Reavivarão as igrejas MS 320 1 Ponham-se moços e moças das igrejas para trabalhar. Combinai a obra médico-missionária com a proclamação da terceira mensagem angélica. Fazei esforços assíduos e organizados para erguer os membros da igreja do baixo nível em que eles têm estado por anos. Enviai às igrejas obreiros que vivam os princípios da reforma de saúde. Enviem-se os que podem ver a necessidade de abnegação no apetite, ou serão um laço para a igreja. Vede se o fôlego de vida não entrará então em nossas igrejas. -- Testimonies for the Church 6:267. Verdadeiros missionários MS 320 2 Em toda parte podem-se encontrar os enfermos, e os que vão como obreiros de Cristo devem ser verdadeiros reformadores de saúde, preparados para dar aos que estão enfermos os tratamentos simples que os aliviarão, e então orar com eles. Assim eles abrirão a porta de entrada para a verdade. A prática deste trabalho será seguida de bons resultados. Nossas famílias guardadoras do sábado devem ter a mente cheia de benéficos princípios de reforma de saúde e de outros aspectos da verdade, a fim de que sejam uma ajuda a seus vizinhos. Sede missionários práticos. Reuni todo conhecimento possível que ajude a combater as enfermidades. Isto pode ser feito pelos que são estudantes diligentes. MS 320 3 Poucos há que podem fazer um curso de preparo em nossas instituições médicas. Mas todos podem estudar nossa literatura de saúde, tornando-se entendidos neste importante assunto. -- Manuscrito 19, 1911. Trabalhar pelas crianças e jovens MS 320 4 O Senhor designou os jovens para serem Sua mão auxiliadora. Se em cada igreja eles se consagrassem a Deus, praticassem abnegação no lar, aliviando a mãe consumida dos cuidados, esta acharia tempo para fazer visitas aos vizinhos e, quando se lhes oferecesse oportunidade, poderiam eles mesmos auxiliar fazendo pequenos serviços de misericórdia e amor. Livros e revistas que tratam de assuntos de saúde e temperança poderiam ser postos em muitos lares. A circulação desta literatura é questão importante; pois deste modo se podem transmitir preciosos conhecimentos atinentes ao tratamento de doenças -- conhecimentos que seriam grande bênção para os que não podem pagar visitas médicas. -- Testimonies for the Church 7:64, 65. Em tempo de perseguição MS 321 1 À medida que a agressão religiosa destruir as liberdades de nossa nação, os que quiserem permanecer ao lado da liberdade de consciência serão colocados em situações desfavoráveis. Em seu próprio interesse, devem eles, enquanto têm oportunidade, tornar-se entendidos com respeito às doenças, suas causas, maneira de evitá-las e a cura. E os que isso fazem encontrarão um campo de trabalho em qualquer parte. Haverá sofredores, quantidade deles, que necessitarão de auxílio, não só entre os de nossa própria fé, mas principalmente entre aqueles que não conhecem a verdade. A brevidade do tempo exige uma energia como não foi despertada entre os que professam crer na verdade presente. -- Conselhos Sobre Saúde, 506. Apelo dos campos não promissores MS 321 2 A instrução que o Senhor me deu é que um campo não deve ser evitado porque haja nele aspectos objetáveis. Este mundo foi marcado e poluído pela maldição, mas ainda assim Cristo veio a ele. Ele, o Filho do altíssimo Deus, Se fez carne, e habitou entre nós. Voluntariamente Ele deixou Sua alta posição para tomar o Seu lugar à cabeça da raça caída, tornando-Se pobre, a fim de que por meio de Sua pobreza fôssemos enriquecidos. -- An Appeal for the Medical Missionary College, 11, 12. Trabalho por conta própria MS 321 3 O chamado macedônico vem de todos os quadrantes. Irão os homens aos "canais regulares" a fim de ver se lhes será permitido trabalhar, ou sairão e trabalharão como melhor puderem, dependendo de suas próprias habilidades e do auxílio do Senhor, começando de modo humilde e criando interesse na verdade em lugares em que nada tem sido feito para dar a mensagem de advertência? MS 321 4 O Senhor tem animado os que têm começado a trabalhar por Ele em sua própria responsabilidade, o coração cheio de amor pelas almas prestes a perecer. O verdadeiro espírito missionário será comunicado aos que buscam sinceramente conhecer a Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou. O Senhor vive e reina. Jovens, ide aos lugares para onde fordes dirigidos pelo Espírito do Senhor. Trabalhai com vossas próprias mãos, ganhando o vosso sustento, e ao terdes oportunidade, proclamai a mensagem de advertência. -- Carta 60, 1901. Missões médicas em cada cidade MS 322 1 A intemperança enche nosso mundo, e missões médicas devem ser estabelecidas em cada cidade. Mas com isto não quero dizer que se devam estabelecer instituições dispendiosas, que reclamem grande liberação de recursos. Essas missões devem ser dirigidas de tal maneira que não sejam um pesado sacrifício para a causa; e seu trabalho é preparar o caminho para o estabelecimento da verdade presente. A obra médico-missionária deve ter seus representantes em cada lugar, em associação com o estabelecimento de nossas igrejas. O alívio do corpo sofredor abre o caminho para a cura da alma enferma do pecado. -- Manuscrito 88, 1902. Vantagens de escolas pequenas MS 322 2 O Senhor está sem dúvida abrindo o caminho a nós como um povo, para que dividamos e subdividamos os grupos que se têm tornado demasiado grandes, para trabalharem juntos com maior vantagem. E esta divisão deve ser feita, não apenas para que os estudantes tenham maior vantagem, mas também para que os professores possam ser beneficiados, e a vida e a saúde poupadas. Estabelecer uma outra escola será melhor do que ampliar a escola em _____. Que outra localidade tenha a vantagem de uma de nossas instituições educacionais. Assegurai-lhe o melhor talento, evitando o perigo de uma escola superlotada. -- Carta 253, 1908. Muitas escolas de preparo MS 322 3 Forças sejam postas a trabalhar para preparar novo terreno, para estabelecer novos centros de influência, onde quer que se possa encontrar oportunidade. Arregimentai obreiros que possuam verdadeiro zelo missionário, e difundam eles a luz e o conhecimento longe e perto. Levem os vivos princípios da reforma de saúde às comunidades que, em grande medida, são ignorantes desses princípios. ... MS 323 1 Depois de algum tempo, ao progredir o trabalho, escolas serão estabelecidas em muitas cidades, onde depressa se possam educar e preparar obreiros para o serviço. Os estudantes e seus professores podem sair com nossas publicações, e disseminar a verdade por meio da página impressa. Lugares atraentes podem ser adquiridos para que aí se realizem reuniões, e aí o povo pode ser convidado a se reunir. Que os habilitados para o trabalho, jovens e de meia-idade, tomem parte desinteressada, altruísta, laborando em favor dos campos que estão brancos para a ceifa e que ainda não foram trabalhados. -- Manuscrito 11, 1908. Sanatórios associados com escolas MS 323 2 Em cada lugar onde forem estabelecidas escolas, devemos considerar que indústrias podem ser iniciadas que darão emprego aos estudantes. Pequenos sanatórios devem ser estabelecidos em conexão com nossas grandes escolas, para que os estudantes tenham a oportunidade de obter conhecimento da obra médico-missionária. Este aspecto da obra deve ser introduzido em nossas escolas como parte da instrução regular. -- Carta 25, 1902. Muitos sanatórios pequenos MS 323 3 É para que almas sedentas possam ser conduzidas às águas vivas que nós encarecemos a importância dos sanatórios, não dispendiosos e imponentes, mas como instituições domésticas, em lugares aprazíveis. MS 323 4 Jamais, jamais construir instituições gigantescas. Sejam elas pequenas e em maior número, para que a obra de ganhar almas para Cristo possa ser realizada. Pode algumas vezes ser necessário começar a obra de sanatório na cidade, mas jamais se construa sanatório numa cidade. Alugue-se um prédio, e continue-se a procura de um lugar próprio fora da cidade. Os enfermos devem ser alcançados, não por edifícios maciços, mas pelo estabelecimento de muitos sanatórios pequenos, que devem ser como luzes brilhando em lugar escuro. Os que estão empenhados nesta obra devem refletir a glória da face de Cristo. Devem ser como sal que não perdeu o sabor. Por meio da obra do sanatório, corretamente dirigida, a influência da religião pura e verdadeira se estenderá a muitas almas. MS 323 5 Obreiros preparados devem sair de nossos sanatórios para lugares onde a verdade jamais foi proclamada, e fazer trabalho missionário para o Mestre. -- Carta 17, 1905. Oportunidades para compra de propriedades para sanatório MS 324 1 Acabo de ler de novo sua carta de 25 de Abril, 1905, e procurarei escrever alguma coisa em resposta. Não poderei escrever uma carta longa, porque a mala postal hoje sai ao meio-dia. MS 324 2 Desejo dizer que não vejo qualquer objeção quanto à compra dos prédios mencionados. A luz que me é dada é que prédios apropriados para a nossa obra serão oferecidos a nós por preço muito abaixo do seu custo, tornando-nos possível comprá-los. Este tem sido o caso em nossa experiência ao estabelecermos a obra de sanatório no sul da Califórnia, e será o caso em outras partes. Deve-se tirar vantagem dessas oportunidades, de estabelecer e estender a obra evangélica médico-missionária, pois o tempo é curto, e precisamos semear as sementes dos princípios da reforma de saúde. MS 324 3 Quando se apresenta a oportunidade para a compra a baixo preço de edifícios nos quais nossa obra possa ser levada avante, tiremos proveito dessas oportunidades. Tivesse isto sido feito pelos líderes da obra médica em _____, e haveria agora muitos, muitos prédios em nossas cidades na América, cidades que não foram ainda iluminadas pela verdade da reforma de saúde. Não se proíbam, pois, os que desejam estender a obra médico-missionária em algumas outras partes da Austrália. Adelaide fica muito distante de Sydney. Um sanatório ali não interferiria com a obra do sanatório de Wahroonga. MS 324 4 Deve haver sanatórios perto de todas as nossas grandes cidades. Deve-se tirar proveito das oportunidades de comprar prédios favoravelmente localizados, a fim de que o pavilhão da verdade seja plantado em muitos lugares. MS 324 5 Tenho sido instruída em que não devemos retardar a obra que precisa ser feita no que respeita à reforma de saúde. Por meio desta obra devemos alcançar almas nos caminhos e valados. Tenho recebido luz especial de que em nossos sanatórios muitas almas receberão a verdade presente e lhe obedecerão. Nessas instituições homens e mulheres devem ser ensinados a cuidar de seu próprio corpo, e ao mesmo tempo a tornar-se sadios na fé. Devem ser ensinados sobre o que quer dizer comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Cristo disse: "As palavras que vos digo, são espírito e vida." Sanatórios para educar MS 325 1 Nossos sanatórios devem ser escolas em que se dê instrução em linhas médico-missionárias. Devem levar às almas enfermas do pecado as folhas da árvore da vida, que lhes restaurarão a paz, a esperança e a fé em Jesus Cristo. Não se impeçam aqueles que têm o desejo de ampliar esta obra. Deixe-se que a luz brilhe. Tudo de valioso que se produza sobre saúde criará interesse na reforma de saúde. Não se impeça. O Senhor deseja que se aproveitem todas as oportunidades de estender a obra. ... MS 325 2 Em cada cidade grande deve haver uma representação da verdadeira obra médico-missionária. Os princípios da genuína reforma de saúde devem ser expostos de modo inconfundível, em nossas publicações sobre saúde e em palestras apresentadas aos pacientes em nossos sanatórios. Há em cada cidade homens e mulheres que iriam para um sanatório, estivesse ele próximo, e que não teriam condições de ir para algum sanatório distante. Há muitos que serão convencidos e convertidos, e que parecem agora indiferentes. Eu olho a este assunto numa luz muito positiva. MS 325 3 Que muitos perguntem agora: "Senhor, que queres que eu faça?" É propósito do Senhor que Seu método de curar sem droga seja posto em evidência em cada cidade grande, mediante nossas instituições médicas. Deus investe de santa dignidade os que saem em Seu poder para curar os enfermos. Que a luz brilhe distante, e cada vez mais distante, em todo lugar onde se puder conseguir entrada. Satanás tornará o trabalho tão difícil quanto possível, mas o poder divino acompanhará todo obreiro sincero. Guiados pela mão de nosso Pai celestial, vamos adiante, aproveitando toda oportunidade de estender a obra de Deus. MS 325 4 Teremos de trabalhar sob dificuldades, mas nem por isto deixemos nosso zelo esmorecer. A Bíblia não reconhece um crente que seja indolente, não importa quão elevada seja sua profissão de fé. -- Carta 203, 1905. Não como um comércio especulativo MS 325 5 Durante os últimos meses tenho estado sobremodo ocupada, escrevendo a instrução que me é dada como testemunha e mensageira do Senhor. Não raro tenho escrito dez páginas antes que os outros estivessem de pé pela manhã. Tenho sido obrigada a enviar urgentes mensagens a muitas pessoas. ... MS 326 1 O Senhor conhece todos os perigos que nos cercam neste tempo; conhece as nossas necessidades. Ele sabe qual a força de que necessitamos para sustentar a verdade em seu caráter santo e elevado, e suprirá tudo que necessitamos. Não nos devemos deixar abater por quaisquer provas que nos venham. MS 326 2 Desejo dizer-vos que se Deus abrir o caminho para os irmãos em outras partes da Austrália para que comprem propriedade que possa ser usada na obra de sanatório, como é o caso do lugar mencionado em carta pelo irmão _____, não se impeça. Não se profira uma só palavra de recriminação. Há muitas cidades para serem trabalhadas, e a obra médico-missionária não deve ser confinada a uns poucos centros. MS 326 3 Por longo tempo o sanatório de Battle Creek foi a única instituição médica dirigida por nosso povo. Mas por muitos anos tem sido provida luz de que sanatórios devem ser estabelecidos perto de toda cidade grande. Devem-se estabelecer sanatórios próximos de cidades como Melbourne e Adelaide. E quando surgirem oportunidades para estabelecer a obra em outros lugares ainda, jamais devemos estender a mão e dizer: Não, não deveis criar interesse em outros lugares -- por medo de que nossa clientela diminua. MS 326 4 Se a obra de sanatórios é o meio pelo qual o caminho deve ser aberto para a proclamação da verdade, encorajem-se, e não se desanimem, os que estão procurando levar avante este trabalho. Fé é necessária MS 326 5 Que o Senhor aumente nossa fé, e nos ajude a ver que Ele deseja nos tornemos todos familiarizados com o Seu ministério de cura e o trono da misericórdia. Ele deseja que a luz de Sua graça brilhe de muitos lugares. Estamos vivendo nos últimos dias. Tempos turbulentos estão diante de nós. Aquele que compreende as necessidades da situação cuida que vantagens sejam levadas aos obreiros em diferentes lugares, a fim de habilitá-los a mais eficazmente despertar a atenção do povo. Ele conhece a carência e necessidade do mais fraco em Seu rebanho, e envia Sua própria mensagem aos caminhos e valados. Ele nos ama com amor eterno. ... A luz deve brilhar MS 326 6 Em nossos sanatórios a verdade deve ser estimada, não banida ou ocultada à vista. A luz deve brilhar com raios claros, distintos. Essas instituições são o recurso do Senhor para o avivamento da moralidade elevada, pura. Nós não as estabelecemos como comércio especulativo, mas para ajudar homens e mulheres a seguir hábitos corretos de vida. MS 327 1 Cristo, o grande Médico-Missionário, não está mais em nosso mundo em Pessoa, mas hão deixou o mundo em trevas. A Seus súditos Ele deu a ordem: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura", "ensinando-as a guardar tudo quanto vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação do século." As grandes questões da verdade bíblica devem penetrar no próprio coração da sociedade, para reformar e converter homens e mulheres, levando-os a ver a grande necessidade de preparar-se para as mansões que Cristo disse aos discípulos iria preparar para aqueles que O amam. ... Um trabalho unido MS 327 2 Nossa obra é obter conhecimento dAquele que é o caminho, a verdade e a vida. Devemos interessar as pessoas nos assuntos que concernem à saúde do corpo, bem como nos que dizem respeito à saúde da alma. Os crentes têm uma decidida mensagem a levar, de preparo do caminho para o reino de Deus. A vontade do Senhor deve ser feita na Terra. Não temos sequer um momento para gastar em ociosa especulação. "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas", eis a mensagem que devemos proclamar. Em meio a toda confusão que agora enche o mundo, deve ser ouvida uma mensagem decidida, clara. MS 327 3 Alguns serão atraídos por um aspecto do evangelho, outros por outro aspecto. Somos instruídos por nosso Senhor a trabalhar de tal maneira que todas as classes sejam alcançadas. A mensagem deve ir a todo o mundo. Nossos sanatórios devem ajudar a compor o número do povo de Deus. Não devemos estabelecer poucas instituições de grande vulto, pois assim seria impossível dar aos pacientes as mensagens que levariam saúde à alma. Sanatórios pequenos devem ser estabelecidos em muitos lugares. Sede vigilantes MS 327 4 Satanás introduzirá toda forma de erro, num esforço para afastar as almas do trabalho a ser realizado nestes últimos dias. É preciso que haja um decidido despertamento, de acordo com a importância dos assuntos que estamos apresentando. A conversão de almas deve ser agora nosso único objetivo. Cada recurso para o avançamento da causa de Deus deve ser posto em uso, a fim de que Sua vontade seja feita na Terra como é feita no Céu. Não nos podemos permitir ser agora irreligiosos e indiferentes. Precisamos tirar vantagem dos meios que o Senhor tem colocado em nossas mãos para a promoção da obra médico-missionária. Por meio desta obra incrédulos serão convertidos. Graças às maravilhosas recuperações ocorridas em nossos sanatórios, almas serão levadas a olhar para Cristo como o grande Médico da alma e do corpo. -- Carta 233, 1905. Agir com entendimento MS 328 1 Sujeitem-se ao ajustamento e moldagem do Espírito de Deus, aqueles que têm em vista o estabelecimento de um sanatório. Tais homens não farão falsa representação de Cristo na edificação do caráter. Que todos os que estão em posição de confiança usem o óleo santo da graça, em espírito, palavra e ação. Façam eles obra total na purificação do templo da alma, a fim de que tenham compreensão da obra que têm em vista realizar, e possam ser habilitados a semear as sementes da verdade em muitos corações. Numa das mãos devem eles levar o evangelho para alívio das almas carregadas de pecado, e na outra mão devem levar remédios para o alívio dos sofrimentos físicos. Assim serão verdadeiros médicos-missionários para Deus. -- Manuscrito 41, 1902. Cumprindo o plano divino MS 328 2 Sou instruída a dizer a nosso povo que lhe será necessário dar tudo que puder poupar de seus meios para o estabelecimento de sanatórios que farão a obra que o Senhor diz precisa ser feita. Esses sanatórios devem estar sob a supervisão de homens controlados pelo Espírito Santo, homens que promoverão, não os seus próprios planos, mas os planos de Deus. ... MS 328 3 Devemos cooperar com o Senhor Jesus na grande obra de apresentar a verdade para este tempo ao povo do mundo. Precisamos de saúde; precisamos de ânimo; necessitamos de uma fé pura, não adulterada, na mensagem evangélica. Precisamos estudar o livro do Apocalipse, especialmente as importantes mensagens que devem ser apresentadas ao nosso mundo. Quando, senão agora, devem essas mensagens ser dadas? MS 329 1 Agora e sempre devemos permanecer como um povo distinto e peculiar, isento de toda orientação mundana, descomprometido da aliança com os que não têm sabedoria para discernir os reclamos de Deus, tão limpidamente expostos em Sua lei. -- Carta 110, 1902. Conseguir ajuda de pessoas ricas MS 329 2 Temos muitos interesses a serem desenvolvidos. Temos a propriedade de instituições em vários lugares. No sul da Califórnia temos três sanatórios que se têm provado uma grande bênção para muitos. Mediante a providência de Deus continuaremos a entrar na posse de instituições em diferentes lugares. Precisamos ampliar nossa influência tão vastamente quanto possível. ... MS 329 3 Há homens ricos que têm a seu cargo o dinheiro do Senhor, e temos todo o direito de pedir-lhes que nos ajudem em nossa obra missionária. Temos uma obra a ser levada avante em todas as partes do mundo, e necessitamos de recursos. Não virão alguns desses homens ricos em nosso socorro? O texto que lemos* nos anima a crer que eles o farão. Há alguns que considerariam isto um privilégio. -- Manuscrito 113, 1908. Apresentar nossas necessidades MS 329 4 Devemos fazer trabalho especial por aqueles que estão em elevada posição de confiança. O Senhor pede àqueles a quem confiou os Seus bens, que usem em Seu serviço os seus talentos de intelecto e de meios. Alguns serão impressionados pelo Espírito Santo a investir os recursos do Senhor de modo que Sua obra vá avante. Eles cumprirão o Seu propósito ajudando a criar centros de influência em nossas grandes cidades. Nossos obreiros devem fazer diante desses homens uma clara exposição de nossas necessidades. Que eles saibam de que necessitamos para ajudar os pobres e necessitados e para estabelecer a obra em bases firmes. -- Manuscrito 79, 1900. Projetos em campos estrangeiros MS 329 5 Quando os que têm a seu cargo a obra médico-missionária compreenderem que se devem fazer planejamentos em muitos lugares, a obra de Deus será levada avante mesmo nos campos mais difíceis. Se os homens vêem que é necessário estabelecer a obra médico-missionária na América, não podem ver que a mesma obra é necessária em novos campos, onde nada há para caracterizar a obra? MS 330 1 Enviar missionários para um campo estrangeiro a fim de que façam obra missionária sem a ajuda de recursos e meios, é como exigir os tijolos sem fornecer a palha. MS 330 2 Procedam os servos de Deus como homens sábios, lembrando-se de que a obra em toda parte do mundo deve ajudar a obra em qualquer outra parte. "Não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor."... MS 330 3 Obreiros em novos lugares onde pode não haver nenhum crente na presente verdade, devem ser providos de recursos para ajudar os necessitados. Eles encontram muitos que estão enfermos e necessitados de ajuda. Ao aliviarem suas necessidades temporais, abre-se o caminho para que falem do Salvador e de Sua preciosa verdade. Esses obreiros devem receber meios para prepararem o caminho do Senhor e fazer no deserto veredas retas para o nosso Deus. Que nossas casas publicadoras ajudem mediante a doação de livros e revistas, e nossos sanatórios forneçam aparelhamento para o cuidado dos enfermos. ... MS 330 4 Os que vão para novos campos a fim de usarem o arado no preparo do solo para a semeadura da verdade, devem ser animados, sustentados e por eles deve-se orar. É desejo do Senhor que cada obreiro enviado a novos campos seja provido com recursos e aparelhamento para o bem-sucedido desempenho de Sua obra. Deve receber ajuda e encorajamento dos que ficam na sua terra, a fim de que tenham ânimo para vencer as dificuldades que enfrentam em seu trabalho. -- Carta 92, 1902. Instituições médicas em muitas terras MS 330 5 Deus qualificou o Seu povo para iluminar o mundo. Ele os dotou de faculdades por meio das quais devem eles estender a Sua obra até que ela circunde o globo. Em todas as partes da Terra devem estabelecer hospitais, escolas, casas publicadoras e facilidades afins para a consumação da Sua obra. MS 330 6 A mensagem finalizadora do evangelho deve ser levada a "toda a nação, e tribo, e língua, e povo". Apocalipse 14:6. Muitos empreendimentos devem ainda ser iniciados e levados avante em países estrangeiros, para o progresso desta mensagem. A abertura de restaurantes saudáveis, de ambulatórios, e o estabelecimento de sanatórios para o cuidado dos doentes e sofredores é tão necessária na Europa como na América. Devem-se estabelecer missões médico-missionárias em muitos países, para agirem como mão auxiliadora de Deus em prestar auxílio aos doentes. MS 331 1 Cristo coopera com aqueles que se empenham em obra médico-missionária. Os homens e as mulheres que fazem desinteressadamente o que podem para estabelecer sanatórios e ambulatórios em muitos países serão ricamente recompensados. Aqueles que visitam essas instituições serão beneficiados física, mental e espiritualmente -- os cansados serão refrigerados, restaurada aos doentes a saúde, aliviado o fardo do pecador. Daqueles cujo coração é por esses instrumentos desviado do serviço ao pecado para a justiça, nos países distantes, serão ouvidos agradecimentos e voz de melodia. Por seus cânticos de grato louvor será dado um testemunho que induzirá outros à obediência e à associação com Cristo. -- Conselhos Sobre Saúde, 215. Avante! MS 331 2 Quando penso na história de nossa obra nos dez últimos anos, só posso dizer: Que coisas Deus tem feito! Misericordiosamente Ele tem estado a trabalhar para derramar luz no caminho do Seu povo. A despeito dos obstáculos que temos enfrentado na obra, não precisamos ficar tristes, exceto quando vemos alguma falha da parte do povo de Deus em seguir o seu Líder passo a passo. ... MS 331 3 O trabalho nas cidades é a obra essencial para este tempo, e deve agora ser assumida em fé. Quando as cidades forem trabalhadas como Deus deseja que o sejam, o resultado será o pôr-se em operação um poderoso movimento, como jamais testemunháramos antes. Que o Senhor dê sabedoria a nossos irmãos, para que saibam como levar a cabo a obra em harmonia com Sua vontade. Com grande poder deve soar em nossos grandes centros de população o clamor: "Eis aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!" Todo recurso deve ser posto em operação MS 331 4 O ministro ordenado sozinho não pode fazer frente à tarefa de advertir o mundo. Deus está chamando, não somente pastores, mas também médicos, enfermeiros, colportores, obreiros bíblicos e outros consagrados membros leigos de diferentes talentos, que têm conhecimento da verdade presente, para que considerem as necessidades das cidades não advertidas. Devia haver uma centena de obreiros ativamente empenhados em trabalho missionário pessoal onde agora existe apenas um. O tempo está passando rapidamente. Há muito trabalho a ser feito antes que a oposição satânica feche o caminho. Todos os meios devem ser postos em ação, a fim de que as oportunidades presentes possam ser sabiamente aproveitadas. MS 332 1 O Senhor está chamando homens e mulheres que possuem a luz da verdade para este tempo, para que se empenhem em genuíno trabalho missionário pessoal. Especialmente os membros da igreja que vivem nas cidades devem, com toda a humildade, exercer os talentos que lhe foram dados por Deus, no trabalho com os que estão dispostos a ouvir a mensagem que deve ir ao mundo neste tempo. Há em reserva grandes bênçãos para os que inteiramente se rendem ao chamado de Deus. Ao se entregarem tais obreiros à conquista de almas para Jesus, descobrirão que muitos que jamais seriam alcançados de qualquer outro modo, responderão ao esforço pessoal, inteligente. MS 332 2 Uma igreja que trabalha é uma igreja viva. Membros da igreja, deixai a luz brilhar. Sejam vossas vozes ouvidas em humilde oração, em testemunho contra a intemperança, a loucura e os divertimentos deste mundo, e na proclamação da verdade para o tempo atual. Vossa voz, vossa influência, o tempo -- tudo isso é dom de Deus, e deve ser empregado em ganhar almas para Cristo. Visitai vossos vizinhos, e mostrai interesse na salvação de sua alma. Ponde em ação toda energia espiritual. Dizei àqueles a quem visitais que o fim de todas as coisas está próximo. O Senhor Jesus Cristo abrirá a porta de seus corações, e fará duradoura impressão em suas mentes. MS 332 3 Procurai despertar de sua insensibilidade espiritual a homens e mulheres. Contai-lhes como haveis encontrado a Jesus, e quão abençoados tendes sido desde que obtivestes experiência em Seu serviço. Falai-lhes de que bênçãos vos vêm ao vos assentardes aos pés de Jesus, e aprenderdes preciosas lições de Sua Palavra. Falai-lhes da alegria e gozo que se encontram na vida cristã. Vossas palavras cálidas, ferventes, convencê-los-ão de que haveis achado a pérola de grande preço. Que vossas palavras alegres, encorajadoras, mostrem que tendes com certeza encontrado a mais elevada educação. Este é genuíno trabalho missionário, e ao ser feito, muitos despertarão como que de um sonho. MS 332 4 Ouvi a voz de Jesus, ao vir ela soando através dos tempos até aos nossos dias, dirigindo-se aos professos cristãos que permanecem ociosos na praça: "Por que estais ociosos todo o dia? ... Ide também vós para a Minha vinha." Trabalhai enquanto é dia; pois vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. ... Um tempo de grande interesse MS 333 1 Logo irromperão entre as nações conflitos com uma intensidade que não podemos agora imaginar. O tempo presente é de profundo interesse para todos os que vivem. Governantes e estadistas, homens que ocupam posições de confiança e autoridade, homens e mulheres pensantes de todas as classes, têm sua atenção fixada nos acontecimentos que ocorrem ao nosso redor. Estão observando as relações tensas, inquietantes, que existem entre as nações. Verificam o ardor que está tomando posse de todo elemento terreno, e compreendem que algo de grande e decisivo está para ocorrer, que o mundo está no limiar de uma crise fantástica. MS 333 2 Um momento de trégua nos tem sido dado graciosamente por Deus. Todo poder a nós concedido pelo Céu deve ser agora usado no trabalho pelos que perecem na ignorância. Não deve haver retardamento. A verdade precisa ser proclamada nos lugares escuros da Terra. Obstáculos precisam ser enfrentados e superados. Uma grande obra deve ser feita, e os que conhecem a verdade para este tempo receberam o encargo desta obra. Como uma lâmpada que arde MS 333 3 Sou instruída a falar ao nosso povo palavras que lhe dêem coragem para diligentemente fazer a obra que virá a eles neste seu dia de oportunidade. Sou instruída a dar ênfase à necessidade de consagração pessoal e santificação de todo o ser a Deus. Pergunte cada um: Senhor, que desejas que eu faça, para que o espírito de atenta vigilância de Cristo seja visto em minha vida, e o Seu exemplo possa ser seguido por mim, e eu fale palavras sinceras, que ajudarão as almas que estão em trevas? Oh, como anseio ver os membros da igreja trajados com os seus vestidos formosos, e preparados para sair ao encontro do Esposo! Muitos estão esperando sentar-se à mesa das bodas do Cordeiro, e todavia não estão preparados para a vinda do Rei. São como os cegos; não enxergam; parecem não discernir o perigo em que estão. MS 333 4 O Senhor vos conclama, ó igreja que tendes sido abençoada com a verdade, para que deis o conhecimento desta verdade àqueles que não a conhecem! De uma à outra extremidade do mundo deve a mensagem da breve volta de Cristo ser proclamada. A mensagem do terceiro anjo -- a última mensagem de misericórdia a um mundo que perece -- é sumamente preciosa, sobremodo gloriosa. Que a verdade vá como uma lâmpada a arder. Mistérios para os quais os anjos desejam bem atentar, que os profetas e reis e justos do passado desejaram conhecer, deve a igreja tornar conhecidos. Chamado para maior abnegação MS 334 1 É nosso privilégio cuidar que a obra de Deus progrida nas cidades. Cristo está esperando, esperando, que lugares sejam penetrados. Quem se está preparando para este trabalho? Não diríamos que estamos destituídos de trabalhadores. Há alguns, e por isto estamos alegres. Mas há uma obra maior, muito maior, para ser feita em nossas cidades. Muito maior abnegação deve ser mostrada para que a palavra da vida possa ser levada de lugar para lugar, de casa em casa. MS 334 2 Em número cada vez maior, homens e mulheres estão saindo com a mensagem do evangelho. Damos graças a Deus por isto. Mas necessitamos de maior despertamento. Retornamos à condescendência própria; não exercemos ao máximo o poder que Cristo prometeu se pedíssemos em fé. Aquilo que recebemos de Cristo devemos dar a outros. Tão certo como recebemos devemos igualmente dar. Ninguém que recebe a graça de Cristo pode guardá-la para si mesmo. Tão logo Cristo Se torna uma presença permanente no coração, não seremos capazes de ver almas perecendo na ignorância para com a verdade e permanecermos inativos. Faremos qualquer sacrifício para poder alcançá-los; e nenhum de nós é tão pobre que não possa fazer diariamente sacrifícios por Cristo. MS 334 3 A influência da obra que estamos fazendo será sentida por toda a eternidade. Se trabalharmos em harmonia uns com os outros e com o Céu, Deus demonstrará o Seu poder em nosso favor, como fez pelos discípulos no dia do Pentecoste. Aqueles dias de vigília, em que os discípulos se prepararam pela oração e pondo de lado toda desunião, levaram-nos a tão íntima relação com Deus que Ele pôde trabalhar por eles e por meio deles de um modo maravilhoso. Hoje Deus deseja realizar grandes coisas por meio da fé e obras de Seu povo crente. Mas precisamos estar em correta relação com Ele, para que quando Ele nos falar, possamos ouvir e entender Sua voz. MS 335 1 Não permitamos que se introduza nenhuma incredulidade, pois a obra de Deus deve ir de cidade em cidade, de país em país. Os inimigos de Deus podem delinear planos para derrotar Sua obra; mas tende fé de que Jeová removerá todo obstáculo ao seu progresso. Falai em fé, trabalhai em fé, prossegui em fé. Obstáculos serão removidos ao lançarmos mão das promessas de Deus. Que o povo do Senhor prossiga avante, e o seu coração será fortalecido. MS 335 2 Qual é a promessa para os que estão vivendo nestes últimos dias? "Voltai às fortalezas, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro. ... Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias, ao Senhor que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiros, e a cada um erva no campo." -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1910. ------------------------Orientação da Criança OC 4 1 Introdução OC 5 2 Capítulo 1 -- A importância da escola do lar OC 8 1 Capítulo 2 -- Os primeiros mestres OC 12 1 Capítulo 3 -- Quando começar a educação da criança OC 14 1 Capítulo 4 -- Métodos de ensino OC 21 1 Capítulo 5 -- A Bíblia como manual OC 23 4 Capítulo 6 -- O livro da natureza OC 29 1 Capítulo 7 -- Lições práticas do livro da natureza OC 35 1 Capítulo 8 -- Há necessidade de preparo OC 40 2 Capítulo 9 -- Apelo para se melhorar OC 45 1 Capítulo 10 -- A chave da felicidade e do êxito OC 47 1 Capítulo 11 -- Ser ensinado desde a infância OC 49 1 Capítulo 12 -- A obediência deve tornar-se um hábito OC 52 1 Capítulo 13 -- Domínio próprio OC 56 1 Capítulo 14 -- Silêncio, respeito e reverência OC 59 1 Capítulo 15 -- Cuidados em relação à propriedade OC 60 2 Capítulo 16 -- Princípios sobre saúde OC 62 2 Capítulo 17 -- Asseio OC 65 1 Capítulo 18 -- Esmero, ordem e regularidade OC 67 2 Capítulo 19 -- Pureza OC 70 2 Capítulo 20 -- Prestatividade OC 72 3 Capítulo 21 -- Operosidade OC 76 4 Capítulo 22 -- Diligência e perseverança OC 79 1 Capítulo 23 -- Abnegação, desprendimento e ponderação OC 81 1 Capítulo 24 -- Economia e simplicidade OC 83 2 Capítulo 25 -- Simplicidade OC 86 1 Capítulo 26 -- Cortesia e modéstia OC 88 1 Capítulo 27 -- Alegria e gratidão OC 91 1 Capítulo 28 -- Veracidade OC 92 3 Capítulo 29 -- Honestidade e integridade OC 95 1 Capítulo 30 -- Confiança própria e senso de honra OC 96 4 Capítulo 31 -- A importância do caráter OC 99 4 Capítulo 32 -- Como se forma o caráter OC 103 1 Capítulo 33 -- A responsabilidade dos pais OC 107 2 Capítulo 34 -- Como arruinar o caráter OC 113 2 Capítulo 35 -- Como edificar caracteres fortes OC 119 1 Capítulo 36 -- Vantagens dos primeiros anos OC 123 1 Capítulo 37 -- O poder do hábito OC 126 4 Capítulo 38 -- Idade escolar e temperamento OC 130 2 Capítulo 39 -- A vontade: um fator de êxito OC 134 3 Capítulo 40 -- Demonstrar os princípios cristãos OC 138 3 Capítulo 41 -- Objetivos da disciplina OC 143 1 Capítulo 42 -- O tempo para começar a disciplina OC 146 1 Capítulo 43 -- A disciplina no lar OC 154 1 Capítulo 44 -- Administração da disciplina corretiva OC 164 1 Capítulo 45 -- Com amor e firmeza OC 172 1 Capítulo 46 -- Males da condescendência OC 175 1 Capítulo 47 -- Disciplina frouxa e seus frutos OC 177 2 Capítulo 48 -- A reação da criança OC 184 1 Capítulo 49 -- A atitude dos parentes OC 186 1 Capítulo 50 -- Que inclui a verdadeira educação? OC 191 2 Capítulo 51 -- Preparo para a escola OC 194 1 Capítulo 52 -- A escolha da escola OC 200 2 Capítulo 53 -- A responsabilidade da igreja OC 204 2 Capítulo 54 -- Mestres e pais em cooperação OC 208 1 Capítulo 55 -- Unidade na disciplina OC 211 3 Capítulo 56 -- A educação obtida nas escolas OC 218 1 Capítulo 57 -- O exercício e a saúde OC 222 2 Capítulo 58 -- Preparo para a vida prática OC 229 2 Capítulo 59 -- Ensino de ofícios úteis OC 233 1 Capítulo 60 -- O conhecimento das leis da vida OC 239 2 Capítulo 61 -- A dona-de-casa na cozinha OC 244 3 Capítulo 62 -- Comer para viver OC 256 2 Capítulo 63 -- Temperança em todas as coisas OC 261 3 Capítulo 64 -- O lar e a cruzada de temperança OC 268 3 Capítulo 65 -- As bênçãos do vestuário apropriado OC 273 1 Capítulo 66 -- Ensinar os princípios fundamentais no vestuário OC 282 2 Capítulo 67 -- O fascinante poder da moda OC 286 1 Capítulo 68 -- Predominância de vícios corruptores OC 290 2 Capítulo 69 -- Os efeitos de práticas prejudiciais OC 294 1 Capítulo 70 -- Advertências e conselhos OC 299 3 Capítulo 71 -- A vigilância e o auxílio paternos OC 304 2 Capítulo 72 -- A luta pela reforma OC 308 1 Capítulo 73 -- A responsabilidade pelos interesses eternos OC 314 3 Capítulo 74 -- Cada lar, uma igreja OC 318 4 Capítulo 75 -- Guiando as crianças a Cristo OC 324 1 Capítulo 76 -- O preparo para ser membro da igreja OC 331 1 Capítulo 77 -- A Bíblia no lar OC 339 1 Capítulo 78 -- O poder da oração OC 346 1 Capítulo 79 -- Sábado -- dia deleitoso OC 354 1 Capítulo 80 -- Reverência para com o que é santo OC 361 1 Capítulo 81 -- Coordenação entre o lar e a igreja OC 364 4 Capítulo 82 -- A hora está avançada OC 368 2 Capítulo 83 -- A recompensa ------------------------Introdução OC 4 1 É privilégio dos pais levar os filhos consigo aos portais da cidade de Deus, dizendo: "Procurei instruir meus filhos no amor do Senhor, para fazer a Sua vontade e glorificá-Lo." A esses se abrirão as portas de par em par, e pais e filhos entrarão. Mas nem todos poderão entrar. Alguns serão deixados fora com os filhos, cujo caráter não se transformou pela submissão à vontade de Deus. Erguer-se-á uma mão, sendo pronunciadas as palavras: "Negligenciastes os deveres do lar. Deixastes de fazer a obra que teria habilitado a alma para um lar no Céu. Não podeis entrar." Fechar-se-ão as portas aos filhos, por não terem aprendido a fazer a vontade de Deus, e aos pais por haverem negligenciado as responsabilidades que sobre eles repousaram. -- Manuscrito 31, 1909. OC 5 1 Da Palavra de Deus e dos testemunhos de Seu Espírito, tem irradiado luz, para que ninguém precise errar quanto ao seu dever. Deus deseja que os pais criem os filhos para conhecê-Lo e respeitar Suas leis e devem ensinar seus pequeninos, como membros mais novos da família, para que tenham belo caráter e temperamento amável, a fim de estarem preparados para brilhar nas cortes celestes. Negligenciando seu dever e transigindo com os filhos no mal, fecham-lhes as portas da cidade de Deus. Esses fatos devem ser inculcados nos pais; devem eles levantar-se e assumir sua obra, há muito negligenciada. -- Testimonies for the Church 5:325, 326. ------------------------Capítulo 1 -- A importância da escola do lar A educação começa em casa OC 5 2 É no lar que a educação da criança deve ser iniciada. Ali está sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, a criança terá de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida -- lições de respeito, obediência, reverência, domínio próprio. As influências educativas do lar são uma força decidida para o bem ou para o mal. São, em muitos sentidos, silenciosas e graduais, mas sendo exercidas na direção devida, tornam-se fator de grande alcance em prol da verdade e justiça. Se a criança não é instruída corretamente ali, Satanás a educará por meio de fatores de sua escolha. Quão importante, pois, é a escola do lar! -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 107. Os fundamentos OC 6 1 Sobre todos os pais repousa o dever de proporcionar instrução física, mental e espiritual. Deve ser o objetivo de cada pai alcançar para seu filho um caráter equilibrado, simétrico. Essa é uma obra de não pequena grandeza e importância, e que requer ardoroso pensamento e oração, não menos que esforço paciente e perseverante. Deve-se pôr um fundamento correto, construir uma armação forte e firme, prosseguindo então, dia após dia, na obra de edificar, aprimorar, aperfeiçoar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 107, 108. Negar tudo à criança, menos esse direito OC 6 2 Pais, lembrai-vos de que vosso lar é uma escola de formação, na qual vossos filhos devem ser preparados para o lar de cima. Negai-lhes tudo, menos a educação que devem receber em seus mais tenros anos. Não permitais nenhuma palavra impertinente. Ensinai vossos filhos a serem bondosos e pacientes. OC 6 3 Ensinai-lhes a pensar nos outros. Assim os estareis preparando para mais elevado ministério nas coisas religiosas. -- Manuscrito 102, 1903. OC 6 4 Deve o lar ser uma escola preparatória, onde as crianças e os jovens possam se preparar para trabalhar pelo Mestre, um preparo para ingressar na escola mais elevada, no reino de Deus. -- Manuscrito 7, 1899. Não é questão secundária OC 6 5 Não permitais que a educação no lar seja considerada questão secundária. Ela ocupa o primeiro lugar em toda a verdadeira educação. Aos pais e mães é confiado moldar a mente dos filhos. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. OC 6 6 Quão impressionante é o provérbio: "Conforme se torce a vara, assim cresce a árvore." Isso se deve aplicar à educação de nossos filhos. Pais, lembrar-vos-eis de que a educação de vossos filhos desde os primeiros anos vos é confiada como um sagrado depósito? Essas jovens árvores devem ser educadas ternamente, para poderem ser transplantadas para o jardim do Senhor. De modo algum a educação no lar deve ser negligenciada. Os que a negligenciam, negligenciam um dever religioso. -- Manuscrito 84, 1897. O grande objetivo da educação no lar OC 6 7 A educação no lar muito significa. É uma questão de grande objetivo. Abraão foi chamado o pai dos fiéis. Entre as coisas que o tornaram notável exemplo de piedade estava o estrito acatamento que em seu lar dava às ordens de Deus. Cultivava a religião no lar. Aquele que vê a educação dada em cada lar, e que mede a influência dessa educação, disse: "Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo." Gênesis 18:19. -- Carta 9, 1904. OC 7 1 Deus ordenou aos hebreus que ensinassem aos filhos Seus reclamos, e que os tornassem familiarizados com todo o Seu trato com Seu povo. OC 7 2 O lar e a escola eram uma coisa só. Em vez de lábios estranhos, devia o coração amoroso dos pais e das mães instruir os filhos. Os pensamentos de Deus eram relacionados com todos os acontecimentos da vida diária no lar. As grandes obras de Deus no libertamento de Seu povo eram referidas com eloqüência e a mais profunda reverência. Gravavam-se no espírito juvenil as grandes verdades da providência de Deus e da vida futura, familiarizando-os assim com o verdadeiro, o bom e o belo. OC 7 3 As lições dadas eram ilustradas e gravadas mais firmemente na memória mediante o uso de figuras e símbolos. Por meio desse conjunto de imagens animadas, a criança era iniciada, quase desde a infância, nos mistérios, na sabedoria e nas esperanças dos pais; e guiada num modo de pensar, sentir e prever que alcançava muito além do visível e transitório: até o invisível e eterno. -- Fundamentos da Educação Cristã, 95, 96. Precede a escola diária e para ela prepara OC 7 4 A obra dos pais precede à do professor. Têm uma escola no lar -- o primeiro estágio. Se cuidadosamente e com oração procurarem conhecer e desempenhar seu dever, prepararão os filhos para entrar no segundo estágio -- receber instruções do professor. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. Molda o caráter OC 7 5 O lar pode ser uma escola em que as crianças são verdadeiramente moldadas, no caráter, à semelhança de colunas de palácio. -- Manuscrito 136, 1898. A educação no lar de Nazaré OC 7 6 Jesus adquiriu Sua educação no lar. Sua mãe foi-Lhe a primeira professora humana. De seus lábios e dos rolos dos profetas, Ele aprendeu as coisas celestes. Vivia numa casa de camponeses, e fiel e alegremente desempenhou Sua alegremente desempenhou Sua parte nas responsabilidades domésticas. Aquele que fora o Capitão dos Céus, era agora servo voluntário, filho amoroso e obediente. Aprendeu um ofício, e trabalhava com Suas próprias mãos na carpintaria de José. -- A Ciência do Bom Viver, 399, 400. ------------------------Capítulo 2 -- Os primeiros mestres Os pais devem compreender sua responsabilidade OC 8 1 O pai e a mãe devem ser os primeiros mestres dos filhos. -- Manuscrito 67, 1903. OC 8 2 Os pais precisam compreender sua responsabilidade. O mundo está cheio de laços para os pés da juventude. Multidões são atraídas por uma vida de egoísmo e prazeres sensuais. Não podem discernir os perigos ocultos, ou o terrível fim que se lhes afigura o caminho da felicidade. Mediante a condescendência com o apetite e a paixão, desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos irão enfrentar essas tentações. O preparo que habilitará a criança a combater com êxito na luta contra o mal deve começar mesmo antes de seu nascimento. -- A Ciência do Bom Viver, 371. OC 8 3 A cada passo, os pais necessitam mais que sabedoria humana, a fim de poderem saber educar melhor os filhos para uma vida útil e feliz aqui, e mais elevado serviço e maior alegria no além. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. Parte importante do plano de Deus OC 8 4 A educação da criança constitui parte importante do plano de Deus para demonstrar o poder do cristianismo. Solene responsabilidade repousa sobre os pais de educarem os filhos de tal maneira que, ao saírem para o mundo, façam o bem e não o mal àqueles com os quais convivem. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. OC 8 5 Não devem os pais considerar sem seriedade a obra de educar os filhos, nem negligenciá-la, seja o motivo qual for. OC 8 6 Devem empregar muito tempo em cuidadoso estudo das leis que regulam nosso ser. Devem fazer seu principal objetivo tornar-se inteligentes quanto à devida maneira de lidar com os filhos, para que lhes possam assegurar mente sã em corpo são. ... OC 9 1 Muitos dos que professam ser seguidores de Cristo estão negligenciando tristemente os deveres do lar; não percebem a sagrada importância do depósito que Deus colocou em suas mãos, moldando de tal maneira o caráter dos filhos que estes tenham fibra moral para resistir às muitas tentações que são armadilhas para os pés da juventude. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. É necessário cooperar com Deus OC 9 2 Cristo não pediu ao Pai que tirasse os discípulos do mundo, mas que os guardasse do mal que no mundo há, que os livrasse de ceder às tentações que, a cada lado, enfrentariam. Essa oração devem os pais e mães fazer em favor dos filhos. Mas orarão eles a Deus, e então deixarão os filhos fazer o que quiserem? Deus não poderá guardar do mal os filhos, se os pais não cooperam com Ele. Os pais devem empreender sua obra corajosa e alegremente, levando-a avante com incansáveis esforços. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. OC 9 3 Se os pais sentissem que nunca estão desobrigados da responsabilidade de educar e preparar os filhos para Deus, se com fé fizessem sua obra, cooperando com Deus por meio da oração e trabalho fervorosos, teriam êxito em levá-los ao Salvador. -- The Signs of the Times, 9 de Abril de 1896. Como um casal enfrentou sua responsabilidade OC 9 4 Um anjo do Céu veio instruir a Zacarias e Isabel sobre a maneira em que deveriam preparar e educar o filho, para que pudessem trabalhar em harmonia com Deus no preparo de um mensageiro para anunciar a vinda de Cristo. Como pais, deveriam cooperar fielmente com Deus em formar em João tal caráter que o habilitasse a desempenhar a parte que Deus designara para ele como obreiro competente. OC 9 5 João era o filho de sua velhice, o filho de um milagre, e os pais podiam ter raciocinado que ele tinha uma obra especial a fazer pelo Senhor, e que Este cuidaria dele. Mas Zacarias e Isabel não raciocinaram assim; mudaram-se para um lugar solitário, no campo, onde o filho não estivesse exposto às tentações da vida na cidade, ou não fosse induzido a separar-se dos conselhos e instrução que eles, como pais, lhe dariam. Desempenharam sua parte quanto a desenvolver no filho um caráter que em todos os sentidos atendesse ao propósito para o qual Deus determinara sua vida. ... Sagradamente cumpriram sua obrigação. -- The Signs of the Times, 16 de Abril de 1896. Considerar os filhos como um depósito OC 10 1 Devem os pais considerar os filhos como lhes tendo sido confiados por Deus para serem educados para a família do alto. Educai-os no temor e no amor de Deus; pois "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Salmos 111:10. -- The Signs of the Times, 16 de Abril de 1896. OC 10 2 Os que são leais a Deus representá-Lo-ão na vida do lar. Considerarão a educação dos filhos como uma obra sagrada, que lhes foi confiada pelo Altíssimo. -- Manuscrito 103, 1902. Os pais devem habilitar-se como professores cristãos OC 10 3 A obra dos pais, que tanto significa, é grandemente negligenciada. Pais, despertai da vossa sonolência espiritual e compreendei que os primeiros ensinos que a criança recebe devem ser-lhe dados por vós. Deveis ensinar vossos pequenos a conhecer a Cristo. Esse trabalho deveis fazer, antes que Satanás lance suas sementes em seu coração. Cristo chama as crianças, e estas devem ser conduzidas a Ele, educadas nos hábitos de operosidade, higiene e ordem. Essa é a disciplina que Cristo deseja que elas recebam. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1900. OC 10 4 O pecado jazerá à porta dos pais, a menos que estes se controlem e se preparem para se tornar mestres cristãos sábios e dignos de confiança. -- Manuscrito 38, 1895. Há necessidade de união entre os pais OC 10 5 O marido e a esposa devem estar intimamente unidos em seu trabalho na escola do lar. Devem ser muito ternos e comedidos na linguagem, para não abrirem uma porta de tentação pela qual Satanás entre para obter uma vitória sobre a outra. Devem ser bondosos e corteses um para com o outro, agindo de tal maneira que se possam respeitar mutuamente. Cada qual deve ajudar o outro a trazer para o lar uma atmosfera agradável e sadia. Não devem divergir na presença dos filhos. Sempre deve ser conservada a dignidade cristã. -- Carta 272, 1903. A instrutora especial da criança OC 10 6 A mãe sempre deve ter preeminência nessa obra de educar os filhos. Enquanto sobre o pai repousam graves e importantes deveres, a mãe pela associação quase constante com os filhos, especialmente durante seus mais tenros anos, deve ser sempre sua instrutora e companheira especial. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. Uma educação mais ampla OC 11 1 Os pais devem aprender a lição de implícita obediência à voz de Deus, que lhes fala por Sua Palavra; e ao aprendê-la poderão ensinar aos filhos o respeito e a obediência, tanto na palavra como na ação. Essa é a obra que deve ser empreendida no lar. Os que assim fizerem se sublimarão ao reconhecerem que devem elevar os filhos. Tal educação significa muito mais que a mera instrução. -- Manuscrito 84, 1897. Não é aceitável uma obra casual OC 11 2 Uma obra feita ao acaso no lar não suportará um exame no juízo. Os pais cristãos devem combinar a fé com as obras. Como Abraão ordenou a sua casa após si, assim devem eles ordenar a sua. É dada a norma que cada pai deve elevar: "Guardem o caminho do Senhor." Gênesis 18:19. Qualquer outro caminho é uma vereda que leva, não à cidade de Deus, mas às fileiras do destruidor. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. Examinem os pais a sua obra OC 11 3 Examinarão os pais sua obra de educar e ensinar os filhos, e considerarão se têm cumprido todo o seu dever, com esperança e fé, para que esses filhos possam ser uma coroa de júbilo no dia do Senhor Jesus? Têm trabalhado de tal maneira para o bem-estar dos filhos que Jesus os possa contemplar do Céu e, pelo dom do Seu Espírito, santificar-lhes os esforços? Pais, pode ser vossa parte preparar vossos filhos para a maior utilidade nesta vida, e para participar afinal da glória na vida por vir. -- Good Health, Janeiro de 1880. ------------------------Capítulo 3 -- Quando começar a educação da criança A educação começa com o bebê OC 12 1 A palavra "educação" significa mais que um curso de estudos num colégio. A educação começa com o bebê, nos braços da mãe. Enquanto a mãe está moldando e formando o caráter dos filhos, ela os está educando. -- Good Health, Julho de 1880. OC 12 2 Os pais mandam os filhos à escola; e ao fazê-lo pensam que os têm educado. Mas a educação é uma questão de maior amplitude do que muitos pensam: compreende todo o processo pelo qual a criança é instruída, desde o berço à infância, da infância à juventude, e da juventude à maturidade. Logo que uma criança é capaz de formar uma idéia, deve começar sua educação. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. Começar quando a mente é mais susceptível OC 12 3 Deve a obra de educação e preparo começar na infância da criança; pois então a mente é mais susceptível de receber impressões, e as lições dadas são lembradas. -- Carta 1, 1877. OC 12 4 Devem as crianças ser virtualmente educadas do berço à maturidade na escola do lar. E, como no caso de qualquer escola bem organizada, os próprios professores obtêm importantes conhecimentos; especialmente a mãe, que é o principal mestre do lar, deve aí aprender as mais valiosas lições de sua vida. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. OC 12 5 É dever dos pais falarem palavras retas. ... Dia a dia devem os pais aprender na escola de Cristo lições de Alguém que os ama. Então a história do eterno amor de Deus será repetida no lar ao tenro rebanho. OC 12 6 Assim, antes de a razão estar completamente desenvolvida, podem as crianças receber dos pais um espírito reto. -- Manuscrito 84, 1897. Estudar o preparo precoce OC 12 7 O primeiro preparo dos filhos é assunto que todos devem estudar cuidadosamente. Precisamos tornar a educação de nossos filhos uma preocupação, pois sua salvação depende em grande parte da educação que lhes é dada na infância. Devem os pais e tutores manter eles mesmos pureza de coração e vida, se quiserem que os filhos sejam puros. Como pais e mães, devemos educar e disciplinar a nós mesmos. Então, como mestres do lar, poderemos ensinar a nossos filhos, preparando-os para a herança imortal. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1904. Começar bem OC 12 8 Vossos filhos são a propriedade de Deus, comprados por preço. Sede muito escrupulosos, ó pais e mães, ao tratá-los de maneira cristã. -- Manuscrito 126, 1897. OC 13 1 A juventude deve ser cuidadosa e judiciosamente educada, pois os maus hábitos formados na infância e na juventude freqüentemente se apegam à experiência de toda a vida. Queira Deus ajudar-nos a ver a necessidade de começar direito. -- The Gospel Herald, 24 de Dezembro de 1902. A importância de educar o primeiro filho OC 13 2 O primeiro filho, especialmente, deve ser educado com grande cuidado, pois ele educará o resto. As crianças crescem segundo a influência daqueles que os rodeiam. Se são tratados pelos que são barulhentos e violentos, tornam-se barulhentos e quase insuportáveis. -- Manuscrito 64, 1899. A planta: uma lição objetiva no preparo da criança OC 13 3 O desenvolvimento gradual das plantas desde a semente é uma lição objetiva na educação das crianças. Há "primeiro, a erva, depois, a espiga, e, por último, o grão cheio na espiga". Marcos 4:28. OC 13 4 Aquele que deu esta parábola, criou a minúscula semente, deu-lhe propriedades vitais e determinou as leis que governam seu desenvolvimento. E as verdades ensinadas pela parábola foram uma realidade em Sua própria vida. Ele, a Majestade dos Céus, o Rei da glória, tornou-Se um recém-nascido em Belém, e por algum tempo representou a indefesa criança sob os cuidados da mãe. Na infância falou e agiu como criança, honrando Seus pais, satisfazendo-lhes os desejos de modo a ajudá-los. Desde o raiar de Sua inteligência, porém, esteve Ele constantemente a crescer em graça e conhecimento da verdade. -- Educação, 106, 107. ------------------------Capítulo 4 -- Métodos de ensino O governo paterno deve ser um estudo OC 14 1 Raras vezes a obra dos pais é feita como devia ser. ... Pais, tendes estudado o governo paterno para que possais educar com sabedoria a vontade e o impulso de vossos filhos? Ensinai as novas gavinhas a se apegarem a Deus em busca de apoio. Não é bastante dizerdes: Fazei isto ou aquilo, e então vos tornardes completamente descuidados e esquecidos do que exigistes, não se incomodando os filhos de fazer o que lhes ordenastes. Preparai o caminho para vosso filho obedecer alegremente às vossas ordens; ensinai as gavinhas a se apegarem a Jesus. ... Ensinai-lhes a pedir ao Senhor que os ajude nas pequenas coisas da vida; a estarem bem despertos para verem os pequenos deveres que precisam ser executados; a serem prestativos no lar. Se não os educardes, haverá um que o fará, pois Satanás está esperando sua oportunidade para semear no coração a semente do joio. -- Manuscrito 5, 1896. Com o coração cheio de amor OC 14 2 Minha irmã, confiou-vos Deus as responsabilidades de mãe? ... Precisais aprender métodos corretos e adquirir tato para ensinar vossos pequeninos para que possam observar o caminho do Senhor. Precisais buscar constantemente a cultura mais elevada da mente e da alma, para poderdes comunicar à educação e preparo de vossos filhos um espírito calmo, um coração amável; para que possais imbuí-los de aspirações puras e neles cultivar o amor às coisas honestas, puras e santas. Como humilde filha de Deus, aprendei na escola de Cristo; procurai constantemente melhorar vossas faculdades para que possais realizar, por preceito e por exemplo, o trabalho mais perfeito e completo no lar. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. Maneiras calmas e gentis OC 14 3 Poucos são os que reconhecem o efeito de maneiras calmas e firmes, mesmo no cuidado de um bebê. A mãe ou a pajem irritadiças e impacientes criam impertinência na criança que têm ao colo, ao passo que maneiras gentis tendem a acalmar os nervos do bebê. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. As teorias devem ser submetidas à prova OC 15 1 Pouco benefício dará o estudo dos livros, a menos que as idéias obtidas possam ser levadas a efeito na vida prática. E assim mesmo as mais valiosas sugestões de outros não devem ser adotadas sem ponderação e discernimento. Podem não se adaptar igualmente às circunstâncias de cada mãe ou à disposição e temperamento peculiares de cada criança da família. Estude a mãe com cuidado a experiência das outras, note a diferença entre o método delas e o seu, e prove cuidadosamente os que parecem ser de real valor. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Métodos empregados nos tempos antigos OC 15 2 Desde os tempos mais remotos, os fiéis de Israel deram muita atenção ao assunto da educação. O Senhor havia indicado que desde a mais tenra idade, devia-se ensinar às crianças acerca de Sua bondade e grandeza, especialmente como é revelada em Sua lei e na história de Israel. Mediante o canto, a oração e as lições tiradas das Escrituras e adaptadas à desabrochante inteligência, tinham os pais e as mães que ensinar aos filhos que a lei de Deus é uma expressão de Seu caráter e que, à medida que recebessem no coração os princípios dessa lei, delinear-se-ia na mente e na alma a imagem de Deus. Tanto na escola como no lar, grande parte do ensino era oral; mas os jovens também aprendiam a ler os escritos hebreus; e os rolos de pergaminho das Escrituras do Antigo Testamento se abriam a seu estudo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 442. Ensinar com bondade e afeto OC 15 3 É obra especial dos pais e mães ensinar os filhos com bondade e afeto. Devem mostrar que, como pais, são eles que devem segurar as rédeas, governar, e não serem governados pelos filhos. Devem ensinar que deles se requer obediência. -- Carta 104, 1897. OC 15 4 O espírito inquieto naturalmente se inclina para o mal. A mente ativa, caso não seja ocupada com coisas melhores, dará atenção ao que Satanás possa sugerir. As crianças precisam ... ser instruídas, guiadas em caminhos seguros, guardadas do vício, ganhas pela bondade e confirmadas em praticar o bem. -- Carta 28, 1890. OC 15 5 Pais e mães, tendes uma solene obra a fazer; a salvação eterna de vossos filhos depende de vosso procedimento. Como educareis com êxito vossos filhos? Não xingando, pois isso nenhum bem fará. Falai a vossos filhos como se tivésseis confiança em sua inteligência. Lidai com eles com bondade, ternura e amor. Dizei-lhes o que Deus quer que façam. Dizei-lhes que Deus quer que se eduquem e se preparem para ser colaboradores Seus. Quando fazeis vossa parte, podeis confiar em que o Senhor fará a sua. -- Manuscrito 33, 1909. Tomar tempo para raciocinar OC 16 1 Toda mãe deve tomar tempo para raciocinar com seus filhos, para corrigir-lhes os erros e ensinar-lhes pacientemente o caminho direito. -- Testemunhos Selectos 1:140. Variar a maneira de instrução OC 16 2 O máximo cuidado deve ser tomado na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. ... Bem poucos há que compreendam as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira por que devam dirigir o intelecto em desenvolvimento, o crescente pensar e sentir dos jovens. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 73. Ensinar as primeiras lições ao ar livre OC 16 3 Mães, permiti que as crianças brinquem ao ar livre, escutem os trinos dos passarinhos, e aprendam o amor de Deus segundo se acha expresso nas belas obras que criou. Ensinai-lhes singelas lições do livro da natureza e das coisas que as rodeiam; e, à medida que a mente se lhes desenvolve, podem ser acrescentadas lições dos livros, sendo firmemente fixadas na memória. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 146. OC 16 4 O cultivo do terreno é bom trabalho para as crianças e os jovens. Leva-os ao contato direto com a natureza e com o Deus da natureza. E, para que possam ter esta vantagem, deve haver, tanto quanto possível, em conexão com nossas escolas, grandes jardins e vastas terras para cultura. OC 16 5 A educação em tal ambiente está de acordo com as indicações que Deus deu para a instrução da mocidade. ... OC 16 6 À criança nervosa, ou ao jovem nervoso, que acha cansativas e difíceis de lembrar as lições do livro, será isso especialmente valioso. Há para esses saúde e felicidade no estudo da natureza; e as impressões produzidas não se lhes dissiparão da mente, pois estarão associadas com os objetivos que se acham continuamente diante de seus olhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 186, 187. Lições curtas e interessantes OC 16 7 Quando os pais desempenham completamente sua parte, dando-lhes mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, tornando suas lições curtas e interessantes, e não somente lhes ensinando por preceito mas por exemplo, o Senhor colaborará com seus esforços e os tornará mestres eficientes. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. Simplicidade e exemplos OC 17 1 Os que instruem crianças devem evitar observações enfadonhas. Comentários curtos e ao ponto exercerão influência positiva. OC 17 2 Se houver muita coisa a dizer, compensai a brevidade com a freqüência. Umas poucas palavras de interesse, de vez em quando, serão mais benéficas do que se forem ditas de uma só vez. Longos discursos sobrecarregam a mente limitada das crianças. Conversa demais levá-las-á a ter aversão até mesmo pela instrução espiritual, justamente como comer demais sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, levando mesmo a repugnar o alimento. A mente das pessoas pode ser sobrecarregada com demasiado falatório. -- Testimonies for the Church 2:420. Incentivar o pensamento independente OC 17 3 Enquanto as crianças e jovens obtêm conhecimento dos fatos por meio de professores e livros, aprendem por si mesmos a tirar lições e discernir verdades. Nos seus trabalhos de jardinagem, interrogai-os sobre o que aprendem com o cuidado das suas plantas. Olhando eles para uma bela paisagem, perguntai-lhes por que Deus vestiu os campos e os bosques com tais matizes formosos e variados. Por que não foi tudo colorido com um fusco sombrio? Quando colherem flores, fazei-os pensar por que Ele poupou estas belezas que evadiram do Éden. Ensinai-os a observar por toda parte na natureza as manifestas evidências do pensamento de Deus para conosco, e a maravilhosa adaptação de todas as coisas à nossa necessidade e felicidade. -- Educação, 119. Dirigir a atividade infantil OC 17 4 Não devem os pais achar ser necessário reprimir a atividade dos filhos, mas devem compreender que é essencial orientá-los e educá-los na direção certa e devida. Esses impulsos ativos são como as videiras, que, não sendo dirigidas, correrão sobre qualquer toco ou mato, prendendo suas gavinhas sobre baixos suportes. Se as trepadeiras não são dirigidas para o devido suporte, desperdiçam sua energia, sem qualquer resultado. Assim acontece com as crianças. Suas energias devem ser educadas na direção certa. OC 17 5 Dai-lhes às mãos e à mente algo a fazer que os faça prosseguir nas realizações físicas e mentais. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. Ensinar a prestatividade já na tenra idade OC 18 1 Desde bem cedo deve-se ministrar à criança a lição de prestatividade. Logo que suas forças e a faculdade de raciocínio estejam suficientemente desenvolvidas devem-se-lhe confiar deveres a desempenhar em casa. Deve ser estimulada a tentar auxiliar o pai e a mãe, estimulada a ser abnegada e a dominar-se a si mesma, a colocar a felicidade e o bem-estar dos outros acima dos seus, a estar atenta às oportunidades de animar e ajudar os irmãos e os companheiros, e a mostrar bondade para com os velhos, os doentes e os infelizes. Quanto mais profundamente o espírito de verdadeiro serviço penetrar o lar, tanto mais profundamente ele se desenvolverá na vida das crianças. Elas encontrarão prazer em servir e sacrificar-se pelo bem dos outros. -- A Ciência do Bom Viver, 401. OC 18 2 Pais, ajudai vossos filhos a fazerem a vontade de Deus, sendo fiéis na realização dos deveres que realmente lhes pertencem como membros da família. Dar-lhes-á isso mui valiosa experiência. Ensinar-lhes-á que não devem centralizar em si mesmos os pensamentos, satisfazer sua própria vontade ou agradar a si mesmos. Ensinai-lhes pacientemente a desempenhar sua parte no círculo familiar. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1896. Pequenas atenções, freqüentemente repetidas OC 18 3 Pais, na educação de vossos filhos, estudai cuidadosamente as lições dadas por Deus na natureza. Se quisésseis ajeitar um cravo, uma rosa ou um lírio, de que maneira o havíeis de fazer? Perguntai ao jardineiro por que processo ele faz com que cada ramo e folha floresça tão belamente, e se desenvolva em simetria e beleza. Dir-vos-á que não foi absolutamente por um trato rude, nenhum esforço violento; pois isso não faria senão partir as delicadas hastes. Foi mediante pequeninas atenções, freqüentemente repetidas. Umedecia o solo e protegia as plantas em desenvolvimento, dos ventos ásperos e do ardente Sol, e Deus as fez crescer e florescer, com delicada beleza. Segui, no trato com vossos filhos, os métodos do jardineiro. Por meio de toques suaves, de serviço amorável, procurai amoldar-lhes o caráter segundo o modelo de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 516. Atenção às pequenas coisas OC 18 4 Que grande erro é cometido na educação das crianças e dos jovens ao favorecer, transigir e mimá-los! Tornam-se egoístas e deficientes, faltos de energia nas pequenas coisas da vida. Não são ensinados a adquirir força de caráter pela realização dos deveres diários, por mais humildes que sejam. ... OC 19 1 Ninguém está habilitado para um trabalho grande e importante, a menos que tenha sido fiel na realização dos pequenos deveres. É por etapas que o caráter é formado e a alma educada a empenhar esforços e energias proporcionais à tarefa a ser executada. -- Testimonies for the Church 3:46, 47. Crianças talentosas exigem maior cuidado OC 19 2 Devemos inculcar na mente de nossos filhos que não se pertencem a si mesmos para irem e virem, vestirem-se e agirem como quiserem. ... Se possuem atrativos pessoais e raras habilidades naturais, maior cuidado deve ser tomado em sua educação, para que esses dotes não se tornem uma maldição e sejam usados de tal forma que os desqualifiquem para as sóbrias realidades desta vida, e, pela lisonja e vaidade e amor à ostentação, os incapacitem para a vida melhor. -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1865. Cuidado com a indevida atenção ou lisonja OC 19 3 Dai às crianças pouca atenção. Deixai que aprendam a se divertir. Não os ponhais em exibição diante das visitas, como se fossem prodígios de engenho ou sabedoria, antes deixai-os, tanto quanto possível, na simplicidade de sua infância. Uma das grandes razões de tantas crianças serem imodestas, ousadas e impertinentes, é que são notadas e louvadas demais, e seus ditos espertos e penetrantes são repetidos aos seus ouvidos. Esforçai-vos por não censurar indevidamente, nem cobrir de louvor e adulação. Satanás semear-lhes-á cedo demais no jovem coração a semente do mal, e não deveis ajudá-lo em sua obra. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Ler para os filhos OC 19 4 Pais e mães, obtende todo o auxílio que puderdes, mediante o estudo de vossos livros e publicações. Tomai tempo para ler a vossos filhos. ... Formai um círculo familiar de leitura, e, cada membro da família, pondo de lado as preocupações do dia, una-se no estudo. Especialmente receberá benefício, unindo-se nesse estudo familiar à noite, o jovem que se tenha acostumado a ler novelas e livros baratos de histórias. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 138. Instruir, não ordenar OC 19 5 Aos pais é comissionada a grande obra de educar e preparar os filhos para a vida futura e imortal. Muitos pais e mães parecem pensar que, se alimentarem e vestirem os seus pequenos, educando-os segundo a norma do mundo, terão cumprido o seu dever. Estão ocupados demais com negócios ou prazeres para tornarem a educação dos filhos o estudo de sua vida. Não procuram educá-los de tal maneira que estes venham a empregar os talentos para a honra de Seu Redentor. Salomão não disse: "Dize ao menino o caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele." Mas: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele." Provérbios 22:6. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. O domínio próprio OC 20 1 Nenhuma obra jamais empreendida pelo homem requer maior cuidado e habilidade que o devido ensino e educação dos jovens e das crianças. Não há influências tão potentes como as que nos cercam em nossos primeiros anos. ... A natureza do homem é tríplice, e o ensino recomendado por Salomão compreende o devido desenvolvimento das faculdades físicas, intelectuais e morais. Para poderem realizar corretamente essa obra, devem os pais e professores compreender eles mesmos "o caminho em que deve andar" o menino. Provérbios 22:6. Isso abrange mais que o conhecimento de livros ou o aprendizado das escolas. Compreende a prática da temperança, da bondade fraternal e da piedade; o desempenho de nossos deveres para conosco mesmos, para com nossos semelhantes e para com Deus. OC 20 2 O ensino das crianças deve ser dirigido num princípio diferente do que governa o ensino de animais irracionais. Os animais devem apenas ser acostumados a se submeter a seu dono, mas a criança deve ser ensinada a se dominar. A vontade precisa ser ensinada a obedecer aos ditames da razão e da consciência. Pode a criança ser tão disciplinada que, como o animal, não tenha vontade própria, perdendo-se a sua individualidade na do mestre. Tal ensino é insensato e desastrosos os seus efeitos. As crianças educadas assim serão deficientes na firmeza e decisão. Não são ensinadas a agir por princípio; a faculdade do raciocínio não é fortalecida pelo exercício. Tanto quanto possível, deve cada criança ser ensinada a ter confiança em si mesma. Pondo em exercício as várias faculdades, aprenderá onde é mais forte e em que é deficiente. O instrutor sábio dará especial atenção ao desenvolvimento dos traços mais fracos, para que a criança possa formar um caráter bem equilibrado e harmonioso. -- Fundamentos da Educação Cristã, 57. ------------------------Capítulo 5 -- A Bíblia como manual O primeiro manual da criança OC 21 1 A Bíblia deve ser o primeiro manual da criança. Deste livro devem os pais ministrar uma sábia instrução. A Palavra de Deus deve constituir-se a regra da vida. Por ela, aprendam as crianças que Deus é o Pai; e das belas lições de Sua Palavra devem elas adquirir conhecimento de Seu caráter. Incutindo-se-lhes os seus princípios, devem elas aprender a fazer justiça e juízo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 108, 109. Um livro de promessas, bênçãos e reprovações OC 21 2 A mãe deve conservar a mente fresca e cheia das promessas e bênçãos da Palavra de Deus, e também das coisas proibidas, para que, quando os filhos cometerem o mal, possa apresentar as palavras de Deus como reprovação, e mostrar-lhes como estão entristecendo o Espírito de Deus. Ensinai-lhes que a aprovação e o sorriso de Jesus têm mais valor que o louvor e a lisonja, ou a aprovação dos mais ricos, dos mais exaltados, dos mais sábios da Terra. Guiai-os dia a dia a Jesus Cristo, amável, terna e ardorosamente. Não deveis permitir que qualquer coisa se interponha entre vós e essa grande obra. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. Seu estudo edifica o caráter OC 21 3 As lições da Bíblia exercem influência moral e religiosa sobre o caráter, ao serem levadas para a vida prática. Timóteo aprendeu e pôs em prática essas lições. O grande apóstolo freqüentemente o sondava e lhe fazia perguntas sobre a história das Escrituras. Mostrou-lhe a necessidade de evitar todo mau caminho e lhe disse que a bênção certamente acompanharia a todos os fiéis e verdadeiros, dando-lhes uma varonilidade íntegra e nobre. OC 21 4 Uma varonilidade nobre e completa não vem ao acaso. É resultado do processo modelador da edificação do caráter nos primeiros anos da juventude, e da prática da lei de Deus no lar. Deus abençoará os esforços fiéis de todos os que ensinam aos filhos como Ele dirigiu. -- Carta 33, 1897. Apresentar o amor de Deus como tema agradável OC 22 1 Em cada família as crianças devem ser educadas na doutrina e na admoestação do Senhor. As más propensões devem ser controladas e dominado o mau temperamento; e se deve ensinar aos filhos que são propriedade do Senhor, comprados com Seu precioso sangue, e que não podem levar uma vida de prazer e vaidade, seguir sua própria vontade e executar suas próprias idéias e ainda serem contados entre os filhos de Deus. Os filhos devem ser ensinados com bondade e paciência. ... De tal maneira lhes ensinem os pais o amor de Deus que ele seja um tema agradável no círculo familiar, e a igreja assuma a responsabilidade de alimentar os cordeirinhos bem como as ovelhas do rebanho. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. Suas histórias dão certeza à criança tímida OC 22 2 Unicamente essa percepção da presença de Deus poderá banir aquele receio que faria da vida um peso à tímida criança. Fixe ela em sua memória esta promessa: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Salmos 34:7. Que leia a maravilhosa história de Eliseu na cidade montesina e, entre ele e o exército de inimigos armados, uma poderosa multidão de anjos celestiais ao redor! Leia como a Pedro, na prisão e condenado à morte, apareceu o anjo de Deus; como, depois de passarem pelos guardas armados, pelas portas maciças e grande portão de ferro com seus ferrolhos e travessas, o anjo guiou o servo de Deus em segurança. OC 22 3 Leia acerca daquela cena no mar, quando, aos soldados e marinheiros arremessados de um para outro lado pela tempestade, exaustos pelo trabalho, vigia e longo jejum, Paulo, como prisioneiro, em caminho para o seu julgamento e execução, falou aquelas grandiosas palavras de ânimo e esperança: "Agora, vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós. ... Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo." Atos 27:22-24. Com fé nessa promessa, Paulo afirmou a seus companheiros: "Nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós." Atos 27:34. Assim aconteceu. Porque havia naquele navio um homem por meio do qual Deus podia operar, toda aquela carga de soldados e marinheiros gentios foi preservada. "Todos chegaram à terra, a salvo." Atos 27:44. OC 22 4 Essas coisas não foram escritas meramente para que as pudéssemos ler e admirar, mas para que a mesma fé, que na antiguidade operava nos servos de Deus, possa operar em nós. De maneira não menos assinalada do que Ele operava naquele tempo, fará hoje, onde quer que haja corações de fé, que sejam os condutores de Seu poder. -- Educação, 255, 256. OC 23 1 Sede fortes na fé, e ensinai aos vossos filhos que todos nós dependemos de Deus. Lede-lhes a história dos quatro filhos hebreus, e impressionai-lhes a mente com o reconhecimento da influência para o bem, exercida no tempo de Daniel, devido ao estrito apego ao princípio. -- Manuscrito 33, 1909. Tornar simples as lições da Bíblia OC 23 2 Devem os pais ensinar aos filhos lições da Bíblia, tornando-as tão simples que eles as possam prontamente compreender. -- Carta 189, 1903. OC 23 3 Ensinai aos vossos filhos que os mandamentos de Deus devem se tornar a regra de sua vida. Pode acontecer que as circunstâncias os separem dos pais e do seu lar, mas as lições instrutivas, dadas na infância e na juventude, ser-lhes-ão uma bênção por toda a vida. -- Manuscrito 57, 1897. ------------------------Capítulo 6 -- O livro da natureza Fonte infalível de instrução OC 23 4 Depois da Bíblia deve a natureza ser o nosso grande guia. -- Testimonies for the Church 6:185. OC 23 5 Para a criança, ainda incapaz de aprender pela página impressa, ou tomar parte nos trabalhos de uma sala de aulas, a natureza apresenta uma fonte infalível de instrução e deleite. O coração que ainda não se acha endurecido pelo contato com o mal está pronto a reconhecer aquela Presença que penetra todas as coisas criadas. O ouvido, ainda não ensurdecido pelo clamor do mundo, é atento à Voz que fala pelas manifestações da natureza. E para os de mais idade, que necessitam continuamente dessa silenciosa lembrança das coisas espirituais e eternas, as lições tiradas da natureza não serão uma fonte inferior de prazer e instrução. -- Educação, 100. Usado como manual no Éden OC 24 1 Todo o mundo natural destina-se a ser um intérprete das coisas de Deus. Para Adão e Eva, em seu lar edênico, a natureza estava repleta do conhecimento de Deus, cheia de instrução divina. Para seus ouvidos atentos, ela como que ecoava a voz da sabedoria. A sabedoria falava aos olhos, e era recebida no coração; pois eles entretinham comunhão com Deus por meio de Suas obras criadas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 186. OC 24 2 O livro da natureza, que estendia suas lições vivas diante deles, ministrava uma fonte inesgotável de instrução e deleite. Em cada folha da floresta, ou pedra das montanhas, em cada estrela brilhante, na Terra, no mar e no céu, estava escrito o nome de Deus. Tanto com a criação animada como com a inanimada, ou seja, com a folha, flor e árvore, ou com todos os viventes desde o leviatã das águas até ao menor animal em um raio de luz, conversavam os habitantes do Éden, conhecendo de cada um o segredo de seu viver. A glória de Deus nos céus, os incontáveis mundos nas suas sistemáticas revoluções, o "equilíbrio das grossas nuvens" (Jó 37:16), os mistérios da luz e do som, do dia e da noite -- tudo era objeto para estudo, aos alunos da primeira escola terrestre. -- Educação, 21. Mais lições desde a queda OC 24 3 Se bem que a terra estivesse maculada pela maldição, a natureza devia ainda ser o guia do homem. Não poderia agora representar apenas bondade; pois o mal se achava presente em toda a parte, manchando a terra, o mar e o ar, com seu contato corruptor. Onde se encontrara escrito apenas o caráter de Deus, o conhecimento do bem, agora se achava também escrito o caráter de Satanás, a ciência do mal. Pela natureza, que agora revelava o conhecimento do bem e do mal, devia o homem ser continuamente advertido quanto aos resultados do pecado. -- Educação, 26. A natureza ilustra as lições da Bíblia OC 24 4 Muitas ilustrações da natureza são empregadas pelos escritores da Bíblia; e, observando as coisas do mundo natural, habilitamo-nos, sob a guia do Espírito Santo, para compreender mais amplamente as lições da Palavra de Deus. -- Educação, 120. OC 24 5 No mundo natural, Deus colocou nas mãos dos filhos dos homens a chave para abrir a tesouraria de Sua Palavra. O invisível é ilustrado pelo visível; a sabedoria divina, a eterna verdade, a graça infinita, são compreendidas pelas coisas que Deus fez. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 187, 188. OC 25 1 Devem-se animar as crianças a buscar na natureza objetos que ilustrem os ensinos da Bíblia, e estudar nesta as semelhanças tiradas daquela. Devem procurar, tanto na natureza como na Escritura Sagrada, todos os objetos que representem a Cristo, e também os que Ele empregou para ilustrar a verdade. Dessa maneira, poderão aprender a vê-Lo na árvore e na videira, no lírio e na rosa, no Sol e na estrela. Poderão aprender a ouvir a Sua voz no canto das aves, no sussurro das árvores, no retumbante trovão, na música do mar. E todos os objetos na natureza repetir-lhes-ão Suas preciosas lições. OC 25 2 Aos que assim se familiarizam com Cristo, a Terra jamais será um lugar solitário e desolado. Será a casa de seu Pai, repleta da presença dAquele que uma vez habitou entre os homens. -- Educação, 120. A Bíblia interpreta os mistérios da natureza OC 25 3 A própria criança, quando em contato com a natureza, terá motivos para perplexidade. Não poderá deixar de reconhecer a operação de forças opostas. Aqui é que a natureza necessita de um intérprete. Olhando para o mal, manifesto mesmo no mundo natural, todos têm a mesma triste lição a aprender: "Um inimigo é quem fez isso." Mateus 13:28. OC 25 4 Apenas à luz que resplandece do Calvário, o ensino da natureza pode ser apreendido corretamente. Por meio da história de Belém e da cruz, mostre-se quão bom é vencer o mal, e como cada bênção que nos vem é um dom da redenção. OC 25 5 Na sarça e no espinho, nos cardos e no joio, acha-se representado o mal que macula e deslustra. No pássaro canoro e na florescência, na chuva e no raio de sol, na brisa e no orvalho brando, em milhares de coisas na natureza, desde o carvalho da floresta até à violeta que floresce à sua raiz, vê-se o amor que restaura. A natureza ainda nos fala da bondade de Deus. -- Educação, 101. Lições na sala de aula ideal OC 25 6 Como os moradores do Éden aprendiam nas páginas da natureza, como Moisés discernia os traços da escrita de Deus nas planícies e montanhas da Arábia, e o menino Jesus nas colinas de Nazaré, assim poderão os filhos de hoje aprender acerca dEle. O invisível acha-se ilustrado pelo visível. -- Educação, 100. Cultivar o amor à natureza OC 26 1 Que a mãe... ache tempo para cultivar em si mesma e nos filhos o amor às coisas belas da natureza! Chame-lhes a atenção para as glórias espalhadas pelo céu, para os milhares de formas de beleza que adornam a Terra e então lhes fale dAquele que a todas fez. Assim poderão guiar ao Criador os espíritos jovens, despertando-lhes no coração a reverência e o amor ao Doador de toda bênção. Os campos e as colinas -- a câmara de audiência da natureza -- devem ser a sala de aula das crianças. Seus tesouros devem ser o manual. As lições assim inculcadas em sua mente não serão logo esquecidas. ... OC 26 2 Os pais podem fazer muito para ligar os filhos a Deus, incentivando-lhes o amor às coisas da natureza que Ele lhes tem dado, e a reconhecer a mão do Doador em tudo que recebem. Cedo, pode assim o solo do coração ser preparado para o lançamento de preciosas sementes da verdade, que a seu tempo brotarão e darão rica colheita. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1877. Unir-se aos pássaros em cânticos de louvor OC 26 3 As crianças devem, especialmente, estar em contato íntimo com a natureza. Em vez de se porem sobre elas as algemas da moda, achem-se elas livres, como os cordeiros, para que brinquem à suave e amena luz solar. Mostrem-se-lhes os arbustos e flores, a relva rasteira e as altaneiras árvores, e familiarizem-se com suas lindas, variadas e delicadas formas. Ensinai-as a ver a sabedoria e o amor de Deus em Suas obras criadas; e, expandindo-se-lhes o coração com alegria e grato amor, unam-se elas aos pássaros em seus cânticos de louvor. OC 26 4 Educai as crianças e jovens a considerarem as obras do Artista por excelência, e imitar as graças atrativas da natureza na edificação de seu caráter. Quando o amor de Deus conquistar seu coração, introduzam elas em sua vida a beleza da santidade. Assim farão uso de Suas capacidades a fim de abençoarem os outros e honrarem a Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 188. Da natureza apontar ao Deus da natureza OC 26 5 Os filhos precisam receber lições que neles incentive a coragem para resistir ao mal. Da natureza, apontai-lhes o Deus da natureza, e assim se tornarão familiarizados com o Criador. Como poderei ensinar melhor aos meus filhos a servir e glorificar a Deus? Deve ser essa a pergunta que ocupe o espírito dos pais. Se todo o Céu está interessado no bem-estar da raça humana, não deveríamos ser diligentes em fazer tudo o que estiver em nossas forças para o bem-estar de nossos filhos? -- Manuscrito 29, 1886. O estudo da natureza fortalece a mente OC 27 1 A glória de Deus se revela nas obras de Suas mãos. Eis aqui mistérios cujo exame fortalecerá a mente. As mentes que têm sido usadas e abusadas pela leitura de ficção poderão ter na natureza um livro aberto e ler a verdade nas obras de Deus, que as rodeiam. Todos poderão achar temas para estudo na simples folha da árvore da floresta. A haste da grama que cobre a terra com seu verde tapete de veludo, as plantas e flores, as majestosas árvores da floresta, as montanhas altaneiras, as rochas de granito, o oceano revolto, as preciosas gemas de luz que enfeitam os céus para embelezar a noite, as inesgotáveis riquezas da luz solar, as solenes glórias da Lua, o frio hibernal, o calor do verão, as estações que mudam e se repetem em perfeita ordem e harmonia, controladas pelo poder infinito; eis assuntos que exigem profunda meditação para desenvolver a imaginação. OC 27 2 Se o frívolo e amante dos prazeres permitir que a mente se demore sobre o que é real e verdadeiro, o coração não poderá deixar de se encher de reverência e adorará ao Deus da natureza. A contemplação e o estudo do caráter de Deus, conforme é revelado nas obras por Ele criadas, abrirá um campo de meditação que afastará a mente dos divertimentos vulgares, degradantes e debilitantes. O conhecimento das obras e caminhos de Deus, só poderemos começar a obter neste mundo; o estudo será continuado por toda a eternidade. Deus tem provido para o homem assuntos para meditação que porão em atividade cada faculdade da mente. Podemos ler o caráter do Criador nos céus em cima e na Terra em baixo, enchendo o coração de gratidão e ações de graças. Cada nervo e sentido atenderá à expressão do amor de Deus em Suas maravilhosas obras. -- Testimonies for the Church 4:581. A natureza e a Bíblia eram os manuais de Jesus OC 27 3 Sua educação [de Jesus] foi recebida das fontes indicadas pelo Céu, do trabalho útil, do estudo das Escrituras, da natureza e das experiências da vida -- os livros divinos, cheios de instruções para todos quantos neles põem mãos voluntárias, olhos atentos e coração sensível. -- A Ciência do Bom Viver, 400. OC 27 4 Sua familiarização com as Escrituras mostra quão diligentemente os primeiros anos de Sua vida foram consagrados ao estudo da Palavra de Deus. E perante Ele estendia-se a grande biblioteca das obras criadas por Deus. Aquele que fizera todas as coisas, estudou as lições que Sua própria mão escrevera na terra, no mar e no céu. Desviado dos profanos métodos do mundo, adquiriu da natureza acumulados conhecimentos científicos. Estudava a vida das plantas e dos animais bem como a dos homens. Desde a mais tenra idade, possuía-O um único desígnio: vivia para beneficiar os outros. OC 28 1 Para isso, encontrava recursos na natureza; novas idéias de meios e modos brotavam-Lhe da mente, ao estudar a vida das plantas e dos animais. ... OC 28 2 Assim se revelava a Jesus o significado da Palavra e das obras de Deus, ao buscar compreender a razão das coisas. Os seres celestiais serviam-Lhe de assistentes, e cultivava santos pensamentos e comunhão. Desde os primeiros clarões da inteligência, foi sempre crescendo em graça espiritual e no conhecimento da verdade. OC 28 3 Toda criança pode adquirir conhecimento como Jesus o adquiriu. Ao procurarmos relacionar-nos com nosso Pai celestial através de Sua Palavra, anjos se achegarão a nós, nossa mente será fortalecida, nosso caráter elevado e apurado. -- O Desejado de Todas as Nações, 70, 71. Mais tarde usado por ele em seus ensinos OC 28 4 O grande Ensinador levou Seus ouvintes em contato com a natureza, para que pudessem ouvir a voz que fala em todas as coisas criadas; e, abrandando-se-lhes o coração e tornando-se-lhes impressionável a mente, auxiliava-os a interpretar o ensino espiritual das cenas sobre as quais repousavam seus olhos. As parábolas, por meio das quais gostava de ensinar lições de verdade, mostram quão aberto era o Seu espírito às influências da natureza, e como Ele Se deleitava em tirar ensinos espirituais do ambiente da vida diária. OC 28 5 Os pássaros no ar, os lírios do campo, o semeador e a semente, o pastor e as ovelhas -- eis com que Cristo ilustrou verdades imortais. Ele tirou também ilustrações dos acontecimentos da vida, e fatos da experiência particular aos ouvintes: o fermento, o tesouro escondido, a pérola, a rede de pescar, a moeda perdida, o filho pródigo, a casa sobre a rocha e sobre a areia. Em Seus ensinos, havia algo para interessar a todo espírito, para apelar a todo coração. Assim, a lida diária, em vez de ser mera rotina de labutas, despojada de pensamentos elevados, iluminava-se e erguia-se pelas constantes lembranças de coisas espirituais e invisíveis. OC 28 6 Dessa maneira devemos ensinar. Que aprendam as crianças a ver na natureza uma expressão do amor e da sabedoria de Deus; que o pensamento a respeito dEle se entrelace com pássaros, flores e árvores; que todas as coisas visíveis se tornem para elas os intérpretes do invisível, e todos os acontecimentos da vida sejam os meios para o ensino divino! OC 28 7 Aprendendo assim a estudar as lições que há em todas as coisas criadas, e em todas as experiências da vida, mostrai-lhes que as mesmas leis que dirigem as coisas na natureza e os fatos da vida são as que nos governam; que foram dadas para o nosso bem, e que unicamente na obediência às mesmas podemos encontrar a verdadeira felicidade e êxito. -- Educação, 102, 103. ------------------------Capítulo 7 -- Lições práticas do livro da natureza A voz de Deus na obra de suas mãos OC 29 1 Ouvimos, para onde quer que nos tornemos, a voz de Deus, e contemplamos-Lhe a obra das mãos. OC 29 2 Desde o solene ribombar do trovão profundo e do bramir contínuo do velho oceano, até os alegres cantos que fazem as florestas ressoarem de melodia, os milhares de vozes da natureza Lhe proclamam o louvor. Na terra, no mar e nos céus, com seus maravilhosos matizes e cores, variando em esplendoroso contraste ou confundindo-se harmoniosamente, contemplamos Sua glória. As colinas eternas falam de Seu poder; as árvores que balançam seu estandarte verdejante à luz do Sol e as flores em sua delicada beleza apontam para o Criador. A vívida relva, que cobre o solo escuro, fala do cuidado de Deus pelas Suas mais humildes criaturas. As cavernas do mar e as profundidades da Terra revelam-Lhe os tesouros. Aquele que colocou as pérolas no oceano, e a ametista e o crisólito entre as rochas, é amante do belo. O Sol, elevando-se nos céus, é representação dAquele que é a vida e a luz de tudo que Ele fez. Todo o brilho e beleza que adornam a Terra e iluminam os céus falam de Deus. OC 29 3 Esquecer-nos-emos, pois, do Doador, no uso de Suas dádivas? Antes, levem-nos elas a contemplar-Lhe a bondade e o amor. Tudo que é belo em nosso lar terrestre lembra-nos do rio de cristal e dos verdes campos, das árvores que balançam e das fontes vivas, da cidade resplandecente e dos cantores de vestes brancas de nosso lar celestial -- mundo de beleza que nenhum artista pode desenhar, nem língua mortal descrever. "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam." 1 Coríntios 2:9. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 54, 55. Do amor e do caráter de Deus OC 30 1 As mães não devem estar tão preocupadas com o artificial e sobrecarregadas de cuidados que não possam ter tempo para educar os filhos no grande livro de Deus da natureza, impressionando-lhes a jovem mente com as belezas dos botões e flores que desabrocham. As árvores altaneiras, os amoráveis pássaros, entoando seus alegres cantos de louvor ao Criador, falam-lhes aos sentidos da bondade, misericórdia e benevolência de Deus. Cada folha e flor com seus variados matizes, perfumando o ar, ensina-lhes que Deus é amor. Tudo o que é bom, amável e belo neste mundo fala-lhes do amor de nosso Pai celestial. Em Suas obras criadas, eles podem discernir o caráter de Deus. -- The Signs of the Times, 5 de Agosto de 1875. Da perfeição de Deus OC 30 2 Como as coisas da natureza mostram sua apreciação pelo Artífice Mestre fazendo o máximo para embelezar a Terra e representar a perfeição de Deus, assim devem os seres humanos esforçar-se em sua esfera para representar a perfeição de Deus, permitindo-Lhe operar por meio deles Seus propósitos de justiça, misericórdia e bondade. -- Carta 47, 1903. Do criador e do Sábado OC 30 3 Quem nos deu a luz do Sol que faz a terra brotar e produzir? E quem os aguaceiros produtivos? E quem nos deu os céus em cima e o Sol e as estrelas nos céus? Quem vos deu vossa razão, e quem vos vigia dia a dia? ... Cada vez que olhamos para o mundo somos relembrados da poderosa mão de Deus que o chamou à existência. OC 30 4 A abóbada sobre vossa cabeça e a terra embaixo coberta com um tapete verde trazem à lembrança o poder de Deus e também a Sua amorável bondade. Poderia ter feito a relva marrom ou preta, mas Deus ama o belo, e portanto nos dá belas coisas para contemplar. Quem poderia pintar as flores com o delicado matiz com que Deus as vestiu? ... OC 30 5 Não podemos ter melhor manual que a natureza. "Olhai para os lírios do campo; ... não trabalham, nem fiam. E Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles." Mateus 6:28, 29. Seja a mente de nossos filhos conduzida para Deus. Para isso foi que Ele nos deu o sétimo dia e deixou como um memorial de Suas obras. -- Manuscrito 16, 1895. Obediência à lei OC 31 1 O mesmo poder que mantém a natureza opera também no homem. As mesmas grandes leis que guiam tanto a estrela como o átomo dirigem a vida humana. As leis que presidem à ação do coração, regulando o fluxo da corrente da vida do corpo são as leis da Inteligência todo-poderosa, as quais presidem às funções da alma. DEle procede toda a vida. Unicamente em harmonia com Ele poderá ser achada a verdadeira esfera daquelas funções. Para todas as coisas de Sua criação, a condição é a mesma: uma vida que se mantém pela recepção da vida de Deus, uma vida exercida de acordo com a vontade do Criador. Transgredir Sua lei, física, mental ou moral, corresponde a colocar-se o transgressor fora da harmonia do Universo, ou introduzir discórdia, anarquia e ruína. OC 31 2 Para aquele que assim aprende a interpretar Seus ensinos, toda a natureza se ilumina; o mundo é um livro, e a vida uma escola. A unidade do homem com a natureza e com Deus, o domínio universal da lei, os resultados da transgressão, não podem deixar de impressionar o espírito e moldar o caráter. Nossos filhos necessitam aprender essas lições. -- Educação, 99, 100. Outras lições das leis da natureza OC 31 3 No cultivo do solo, o obreiro ponderado descobrirá que se apresentam diante dele tesouros de que pouco suspeitava. Ninguém poderá ser bem-sucedido na agricultura ou na jardinagem, sem a devida atenção às leis envolvidas nesses trabalhos. Devem ser estudadas as necessidades especiais de cada variedade de planta. Variedades diferentes requerem solo e cultura diferentes; e conformidade com as leis que regem a cada uma dessas variedades é a condição para o êxito. OC 31 4 A atenção exigida na transplantação, para que nem mesmo uma pequena raiz fique comprimida ou mal colocada; o cuidado das mudas, a poda e a rega, o abrigo da geada à noite e do sol ao dia, a remoção das plantas daninhas, das doenças e pragas de insetos; a disposição geral -- todo esse trabalho não somente ensina lições importantes relativas ao desenvolvimento do caráter, mas é em si mesmo um meio para aquele desenvolvimento. O cultivo da cautela, paciência, atenção aos detalhes, obediência às leis, transmite um ensino muitíssimo essencial. OC 31 5 O contato constante com o mistério da vida e o encanto da natureza, bem como a ternura suscitada com o servir a essas belas coisas da criação de Deus, tendem a despertar o espírito, purificar e elevar o caráter; e as lições ensinadas preparam o obreiro para tratar com mais êxito com outras mentes. -- Educação, 111, 112. Lições da semeadura OC 32 1 A parábola do semeador e da semente comunica uma profunda lição espiritual. A semente representa os princípios semeados no coração e seu crescimento, ou desenvolvimento do caráter. Tornai prático o ensino a esse respeito. As crianças podem preparar o terreno e semear a semente; e, enquanto elas trabalham, os pais, o professor, podem explicar-lhes o jardim do coração com a boa ou a má semente ali semeada; e, assim como o jardim deve ser preparado para a semente natural, o coração deve ser preparado para a semente da verdade. À medida que a planta cresce, a relação entre a semeadura natural e a espiritual pode continuar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 142. OC 32 2 Ao ser a semente lançada no solo, poderão ensinar a lição da morte de Cristo; e ao surgir a erva, a verdade da ressurreição. -- Educação, 111. Cultivar o jardim do coração OC 32 3 Do cultivo do solo, podem-se aprender constantemente lições. Ninguém se estabelece em um trecho de terra virgem com a expectativa de que de pronto ela forneça uma colheita. Deve-se empregar no preparo do solo um trabalho diligente, perseverante, bem como na semeadura e cultura da plantação. Semelhantemente deve ser na semeadura espiritual. O jardim do coração deve ser cultivado. O terreno deve ser lavrado pelo arrependimento. As plantas daninhas que abafam o bom grão devem ser arrancadas. Assim como o solo de que se apoderaram os espinhos só se pode readquirir mediante trabalho diligente, assim as más tendências do coração só se podem vencer por um esforço decidido em nome e no poder de Cristo. -- Educação, 111. Crescimento na graça OC 32 4 Falai às vossas crianças a respeito do poder de Deus de operar milagres. Estudando elas o grande livro da natureza, Deus lhes impressionará a mente. O lavrador ara a terra e lança a semente; mas ele não pode fazer com que a semente cresça. Deve confiar em que Deus fará aquilo que poder humano algum é capaz de fazer. O Senhor põe Seu poder vital na semente, fazendo-a brotar à vida. Sob Seu cuidado, o germe da vida irrompe através da crosta dura que envolve, e cresce para produzir frutos. OC 32 5 Primeiro aparece a folha, depois a espiga, e então o grão cheio na espiga. Contando-se às crianças a obra que Deus faz com a semente, elas aprendem o segredo do crescimento na graça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 124, 125. Elevando-se acima do ambiente OC 33 1 Temos na América do Norte os viçosos lírios aquáticos. Esses belos lírios surgem puros, imaculados, perfeitos, sem uma única mancha. Irrompem através de uma massa de resíduos. Disse a meu filho: "Quero que se esforce por me trazer uma haste daquele lírio, tão perto da raiz quanto possível. Quero que compreenda algo a seu respeito." OC 33 2 Ele arrancou uma mão cheia de lírios e eu os contemplei. Estavam cheios de canais abertos e as hastes retiravam as propriedades da areia pura embaixo, e estas se estavam transformando no lírio puro e imaculado. Recusavam todo o resíduo. Recusavam toda a coisa desagradável à vista, e ali se desenvolveram em sua pureza. OC 33 3 Ora, essa é exatamente a maneira em que devemos educar nossa juventude neste mundo. Sejam sua mente e coração instruídos sobre quem é Deus, quem é Cristo Jesus e o sacrifício que Este fez em nosso favor. Retirem a pureza, a virtude, a graça, a cortesia, o amor, a clemência; extraiam-nas da Fonte de todo o poder. -- Manuscrito 43a, 1894. Lições de confiança e perseverança OC 33 4 "Mas, pergunta agora às alimárias, e cada uma delas to ensinará; e às aves dos céus, e elas to farão saber; ... até os peixes do mar to contarão." Jó 12:7, 8. "Vai ter com a formiga; ... olha para os seus caminhos." Provérbios 6:6. "Olhai para as aves." Mateus 6:26. "Considerai os corvos." Lucas 12:24. OC 33 5 Não devemos meramente falar às crianças a respeito dessas criaturas de Deus. Os próprios animais devem ser seus professores. OC 33 6 As formigas nos ensinam lições de paciente operosidade, perseverança em superar obstáculos, providência para o futuro. E os pássaros são ensinadores da suave lição da confiança. Nosso Pai celestial lhes provê alimento; mas devem eles recolhê-lo, construir o ninho e criar a prole. A cada instante se acham expostos a inimigos que procuram destruí-los. Entretanto quão animosamente prosseguem com o seu trabalho! Quão repletos de alegria são os seus pequeninos hinos! OC 33 7 Quão bela é a descrição que o salmista faz do cuidado de Deus pelas criaturas dos bosques. OC 33 8 "Os altos montes são um refúgio para as cabras monteses, E as rochas, para os coelhos." Salmos 104:18. OC 33 9 Ele envia as fontes a correrem entre as colinas, onde os pássaros têm a sua habitação, "cantando entre os ramos". Salmos 104:12. Todas as criaturas dos bosques e colinas fazem parte de Sua grande família. Abre a Sua mão e satisfaz "os desejos de todos os viventes". Salmos 145:16. -- Educação, 117, 118. Os insetos ensinam sobre o trabalho OC 34 1 A laboriosa abelha dá um exemplo aos homens inteligentes que bem fariam em imitar. Esses insetos observam perfeita ordem e não admitem nenhum ocioso em sua colmeia. Executam o trabalho que lhes foi designado com uma inteligência e atividade além da nossa compreensão. ... O sábio chama nossa atenção para as pequenas coisas da Terra: "Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento." Provérbios 6:6-8. "As formigas são um povo impotente; todavia, no verão preparam a sua comida." Provérbios 30:25. Desses pequeninos professores, podemos aprender uma lição de fidelidade. Caso melhorássemos com a mesma diligência as faculdades que um Criador todo sabedoria nos tem concedido, quão grandemente aumentaria nossa aptidão para a utilidade. Os olhos de Deus estão sobre a menor de Suas criaturas; não considera Ele então o homem formado à Sua imagem, e dele requer correspondentes juros por todas as vantagens que lhe tem concedido? -- Testimonies for the Church 4:455, 456. ------------------------Capítulo 8 -- Há necessidade de preparo O preparo da mãe é negligenciado OC 35 1 A primeira professora da criança é a mãe. Nas mãos desta, acha-se em grande parte sua educação, durante o período de seu maior e mais rápido desenvolvimento. À mãe oferece-se em primeiro lugar a oportunidade de modelar o caráter para o bem ou para o mal. Ela deve compreender o valor dessa sua oportunidade, e acima de qualquer outro professor cumpre que esteja habilitada a fazer uso dela, de modo a obter os melhores resultados. Não obstante, não há outrem para cujo preparo tão pouca atenção se dê. Aquela, cuja influência na educação é poderosíssima e de tão vasto alcance, é quem recebe o menor esforço sistemático em seu auxílio. -- Educação, 275. Preparo cuidadoso e profundo OC 35 2 Aquelas, a quem é confiado o cuidado das crianças são, muitas vezes, ignorantes em relação às necessidades físicas destas; pouco sabem das leis de saúde ou dos princípios do desenvolvimento. Tampouco estão melhor aparelhadas para cuidar do crescimento mental e espiritual das crianças. Podem ter habilitações para dirigir negócios ou brilhar na sociedade; podem ter adquirido louváveis conhecimentos na literatura e ciências; mas do ensino de uma criança pouco conhecimento possuem. ... OC 35 3 Sobre os pais, bem como as mães, recai a responsabilidade do primeiro ensino à criança, tanto como do ensino posterior; e a ambos os pais é urgentíssima a necessidade de preparo cuidadoso e completo. Antes de tomar sobre si as responsabilidades da paternidade ou maternidade, homens e mulheres devem familiarizar-se com as leis do desenvolvimento físico; com a fisiologia e higiene no que dizem respeito às influências pré-natais; com as leis da hereditariedade, sanidade, vestuário, exercício e tratamento de moléstias; devem também compreender as leis do desenvolvimento mental e do ensino moral. ... OC 35 4 Jamais a educação cumprirá tudo aquilo que pode e deve, antes que a importância da obra dos pais seja completamente reconhecida, e recebam eles o preparo para suas sagradas responsabilidades. -- Educação, 275, 276. OC 35 5 Os pais devem estudar as leis da natureza. Cumpre-lhes familiarizar-se com o organismo humano. Devem conhecer as funções dos vários órgãos, suas relações e dependências mútuas. Devem estudar a relação entre as faculdades mentais e físicas, e as condições exigidas para a ação saudável de cada uma delas. Assumir as responsabilidades da paternidade sem esse preparo é um pecado. -- A Ciência do Bom Viver, 380. "Quem é idôneo?" OC 36 1 Bem podem os pais inquirir: "Para essas coisas, quem é idôneo?" 2 Coríntios 2:16. Só Deus é idôneo, e se eles O deixarem fora de cogitação, não buscando Seu auxílio e conselho, sua tarefa será verdadeiramente sem esperança. Mas pela oração, estudo da Bíblia e sincero zelo de sua parte, poderão nobremente ter êxito nesse importante dever e ser recompensados centuplicadamente por todo o seu tempo e cuidado. ... Está aberta a fonte da sabedoria, da qual podem extrair todo o conhecimento necessário nesse sentido. -- Testimonies for the Church 4:198. OC 36 2 Às vezes, o coração pode estar prestes a desfalecer; mas, um sentimento vivo dos perigos, que ameaçam a felicidade presente e futura de seus queridos, deve levar os pais cristãos a buscar, com maior fervor, auxílio da fonte da força e da sabedoria. Deve torná-los mais circunspectos, mais decididos, mais calmos, no entanto firmes, enquanto vigiam por esses seres como quem deve prestar contas. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. A educação da criança exige conhecimento da vontade de Deus OC 36 3 Os pais não terão desculpas se deixarem de obter uma compreensão clara da vontade de Deus para poderem obedecer às leis de Seu reino. Só assim poderão guiar os filhos para o Céu. Meus irmãos e irmãs, é vosso dever compreender as reivindicações de Deus. Como podereis educar os filhos nas coisas de Deus a não ser que saibais primeiro o que é certo ou errado, a não ser que reconheçais que a obediência significa vida eterna e a desobediência morte eterna? Devemos tornar a obra de nossa vida compreender a vontade de Deus. Somente fazendo assim, poderemos educar corretamente nossos filhos. -- Manuscrito 103, 1902. O manual de Deus com plenas instruções OC 36 4 Não poderão os pais cumprir devidamente sua responsabilidade a menos que tomem a Palavra de Deus como regra de sua vida, a menos que reconheçam que de tal maneira devem educar e moldar o caráter de cada querido tesouro humano que este possa afinal lançar mão da vida eterna. -- Manuscrito 84, 1897. OC 36 5 A Bíblia, volume rico em instrução, deve ser o seu guia. Se educarem os filhos de acordo com os Seus preceitos, não somente lhes colocarão os jovens pés no caminho certo, mas se educarão eles mesmos em seus mais santos deveres. -- Testimonies for the Church 4:198. OC 36 6 A obra dos pais é importante e solene; grandes são os deveres que pesam sobre eles. Mas, se cuidadosamente estudarem a Palavra de Deus, nela encontrarão plena instrução e muitas promessas preciosas para eles sob a condição de realizarem sua obra fielmente e bem. -- The Signs of the Times, 8 de Abril de 1886. Regras para os pais e filhos OC 37 1 Deus tem dado regras para a orientação dos pais e dos filhos. Essas regras devem ser estritamente obedecidas. Não se deve ser condescendente para com as crianças e permitir que pensem que podem seguir seus próprios desejos sem pedirem o conselho dos pais. ... OC 37 2 Não deve haver nenhum pecaminoso desvio das leis que Deus tem dado para a orientação de pais e filhos. Deus espera que os pais dêem aos filhos uma educação de acordo com os princípios de Sua Palavra. A fé e as obras devem ser combinadas. Tudo o que se faça na vida do lar ou na vida escolar deve ser feito decentemente e com ordem. -- Carta 9, 1904. À lei e ao testemunho OC 37 3 A obra de educação no lar exige que os pais sejam estudantes diligentes das Escrituras se quiserem realizar tudo o que Deus designou que realizem. Devem ser discípulos do grande Mestre. Dia a dia, a lei do amor e da bondade deve estar em seus lábios a lei do amor e da bondade. Sua vida deve revelar a graça e a verdade vistas na vida de seu Exemplo. Então um amor santificado ligará o coração de pais e filhos um ao outro, e o jovem crescerá firmado na fé e arraigado e fundado no amor de Deus. OC 37 4 Quando a vontade e os caminhos de Deus se tornarem a vontade e os caminhos dos pais adventistas do sétimo dia, os filhos crescerão amando, honrando e obedecendo a Deus. Satanás não poderá conseguir o controle de sua mente, pois foram ensinados a considerar a Palavra de Deus como suprema, e pela Lei e pelo Testemunho provarão cada experiência que lhes advém. -- Carta 356, 1907. Se negligentes, redimir o tempo OC 37 5 Os pais deveriam estudar a Palavra de Deus por si mesmos e para a família, mas em vez disso muitos filhos são deixados crescer sem ser ensinados, mal governados e sem restrição. Tudo o que esteja ao alcance, devem agora os pais fazer para redimir a sua negligência e colocar os filhos onde estes estejam sob a melhor das influências. -- Manuscrito 76, 1905. OC 38 1 Então, pais, examinai as Escrituras, não sejais apenas ouvintes mas praticantes da Palavra. Alcançai a norma de Deus na educação de vossos filhos. -- Manuscrito 57, 1897. A regra a seguir: que diz o Senhor? OC 38 2 A obra de todos os pais é educar os filhos no caminho do Senhor. Esta não é uma questão com a qual se possa brincar ou que se possa pôr de lado sem incorrer no desagrado de Deus. Não nos é exigido que decidamos que conduta outros devam seguir, ou como podemos progredir mais facilmente, mas, o que diz o Senhor? Nem os pais nem os filhos podem ter paz, felicidade ou descanso de espírito em qualquer caminho falso. Mas quando o amor de Deus, combinado com o amor de Jesus, reina no coração, sentir-se-á paz e alegria. OC 38 3 Pais, abri a Palavra de Deus diante dAquele que vê o vosso coração e tudo que é secreto, e indagai: Que diz a Escritura? Essa deve ser a regra de vossa vida. Os que têm amor às almas não ficarão silenciosos ao vê-las em perigo. É-nos garantido que nada além da verdade de Deus pode tornar os pais sábios para a salvação, ao lidar com as mentes humanas, e conservá-los assim. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. O preparo individual OC 38 4 Se qualquer posto do dever há, acima de outro, que requer o cultivo da mente, onde as faculdades intelectuais e físicas requeiram um tono e vigor salutar, esse é a educação das crianças. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. OC 38 5 Em vista da responsabilidade individual das mães, toda mulher deve desenvolver uma mente bem equilibrada e um caráter puro, refletindo apenas o que é verdadeiro, bom e belo. Pode a esposa e mãe ligar ao coração o marido e os filhos por um amor incansável, demonstrado em palavras gentis e num comportamento cortês, que, em regra, será imitado pelos filhos. -- Pacific Health Journal, Setembro de 1890. A sagrada obra de mãe OC 38 6 Minha irmã, Cristo vos confiou a sagrada obra de ensinar a vossos filhos os Seus mandamentos. Para serdes habilitada para tal obra, vós mesma deveis viver em obediência a todos os Seus preceitos. Cultivai vigilante cuidado de cada palavra e ação, guardai com a máxima diligência as vossas palavras. Vencei toda a precipitação temperamental; pois a impaciência, uma vez manifesta, ajudará o adversário a tornar a vida do lar desagradável e enfadonha para vossos filhos. -- Carta 47a, 1902. Trabalhar em cooperação com o divino OC 39 1 Mães, deixai que o vosso coração se abra para ouvir a instrução de Deus, tendo sempre em mente o fato de que deveis desempenhar vossa parte em conformidade com a vontade de Deus. Deveis colocar-vos na luz e buscar sabedoria de Deus, para que possais saber como agir, para que possais reconhecer a Deus como o Obreiro Mestre, e reconhecer que sois Suas cooperadoras. Seja o vosso coração esquadrinhado na contemplação das coisas celestiais. Exercitai os talentos que Deus vos deu, cumprindo os deveres de que Ele vos incumbiu como mãe, e trabalhai em colaboração com os recursos divinos. Trabalhai inteligentemente, e, "portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus". 1 Coríntios 10:31. -- The Signs of the Times, 9 de Abril de 1896. OC 39 2 A mãe deve entregar-se, e aos filhos, aos cuidados do compassivo Redentor. Fervorosa, paciente e corajosamente, deve procurar melhorar sua própria capacidade a fim de poder usar corretamente as mais elevadas faculdades da mente no preparo dos filhos. Deve tornar seu mais elevado alvo dar ao filho uma educação que receba a aprovação de Deus. OC 39 3 Ao empreender Sua obra com conhecimento de causa, receberá o poder para desempenhar sua parte. -- The Signs of the Times, 3 de Abril de 1901. OC 39 4 Deve a mãe sentir a necessidade da direção do Espírito Santo, para que ela mesma possa ter genuína experiência na submissão ao caminho e à vontade do Senhor. Então, pela graça de Cristo, poderá ser professora sábia, gentil e amável dos filhos. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. Se o começo foi errado... OC 39 5 Aos pais que começaram errado o ensino, eu diria: Não desespereis. Necessitais ser firmemente convertidos a Deus. Necessitais do verdadeiro espírito de obediência à Palavra de Deus. Deveis fazer decididas reformas em vossos costumes e práticas, conformando vossa vida com os salvadores princípios da lei de Deus. Quando assim o fizerdes, tereis a justiça de Cristo que permeia essa lei, porque amais a Deus e Lhe reconheceis a lei como um transcrito de Seu caráter. A fé verdadeira nos méritos de Cristo não é fantasia. É da maior importância que tenhais os atributos de Cristo em vossa própria vida e caráter, e prepareis vossos filhos, com perseverante esforço, para serem obedientes aos mandamentos de Deus. Um "assim diz o Senhor" deve guiar-vos em todos os vossos planos de educação. ... OC 39 6 Haja profundo e completo arrependimento diante de Deus. Começai o ano ... buscando fervorosamente a graça de Deus, discernimento espiritual para descobrir os defeitos na obra do passado. Arrependei-vos diante de Deus pelo trabalho negligenciado como missionários do lar. -- Manuscrito 12, 1898. OC 40 1 Hoje é o dia da vossa incumbência, o dia de vossa responsabilidade e oportunidade. Breve chegará o dia de vossa prestação de contas. Assumi vosso trabalho com oração fervorosa e fiel esforço. Ensinai vossos filhos que têm o privilégio de receber cada dia o batismo do Espírito Santo. Que Cristo ache em vós Sua mão auxiliadora, a fim de executar os Seus propósitos! Pela oração podeis adquirir uma experiência que faça de vosso ministério em prol de vossos filhos um perfeito êxito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 131. ------------------------Capítulo 9 -- Apelo para se melhorar A necessidade de avançar sempre OC 40 2 O trabalho da mãe exige contínuo avanço em sua própria vida para que possa guiar os filhos para realizações cada vez mais elevadas. Mas Satanás estabelece seus planos para apossar-se tanto da alma dos pais como dos filhos. As mães são desviadas dos deveres do lar e da cuidadosa educação dos seus pequeninos para o serviço do eu e do mundo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 60. OC 40 3 Por amor dos filhos, senão por qualquer outra razão, devem as mães cultivar seu intelecto, pois têm maior responsabilidade em seu trabalho que o rei no trono. Poucas mães sentem o peso da incumbência que lhes é dada, ou reconhecem a eficiência que podem alcançar para sua obra peculiar por meio de um esforço paciente e perfeito na educação própria. OC 40 4 E, primeiramente, precisa a mãe disciplinar e cultivar estritamente todas as faculdades e afeições da mente e do coração, para que não venha a ter um caráter deturpado ou unilateral e deixar em seus filhos as marcas de sua deficiência ou excentricidade. Muitas mães precisam ser despertadas para ver a positiva necessidade de mudança em seus propósitos e caráter a fim de realizarem aceitavelmente deveres que voluntariamente assumiram ao entrarem na vida conjugal. Os meios de utilidade da mulher podem ser ampliados e a sua influência dilatada a um grau quase ilimitado, se ela der a devida atenção a essas questões, que afetam o destino da raça humana. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Crescer constantemente em sabedoria e eficiência OC 41 1 Mais que todos os outros, devem as mães acostumar-se a pensar e a examinar, se quiserem crescer em sabedoria e eficiência. As que perseveram nesse sentido, logo perceberão estarem adquirindo a faculdade na qual se julgavam deficientes; estão aprendendo a formar corretamente o caráter dos filhos. O resultado do trabalho e da atenção dada a essa obra ver-se-á em sua obediência, simplicidade, modéstia e pureza. Tal resultado compensará ricamente todo esforço feito. OC 41 2 Deus deseja que as mães procurem melhorar constantemente tanto a mente como o coração. Devem elas sentir que têm uma obra a fazer para Ele na educação e preparo de seus filhos e, quanto mais perfeitamente puderem melhorar as suas próprias faculdades, tanto mais eficientes se tornarão em sua obra de mães. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Os pais devem crescer intelectual e moralmente OC 41 3 É dever das mães cultivar a mente e guardar puro o coração. Devem melhorar todo o meio ao seu alcance para seu progresso intelectual e moral a fim de serem habilitadas a melhorar o espírito dos filhos. -- Testimonies for the Church 3:147. OC 41 4 Os pais devem ser constantes discípulos na escola de Cristo. Necessitam de vigor e poder, a fim de que com a simplicidade de Cristo possam ensinar aos membros mais novos da família de Deus a conhecer Sua vontade. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. O admirável poder da cultura cristã OC 41 5 Os pais ainda não despertaram a ponto de compreender o admirável poder da cultura cristã. Há minas de verdade a serem trabalhadas que têm sido estranhamente negligenciadas. Essa descuidada indiferença não recebe a aprovação de Deus. Pais, Deus vos roga que olheis essa questão com olhos ungidos. Até aqui, apenas tendes roçado a superfície. Assumi vossa obra muito negligenciada, e Deus cooperará convosco. Fazei vossa obra com inteireza de coração, e Deus vos ajudará a melhorar. Começai pondo o evangelho na vida do lar. -- The Signs of the Times, 3 de Abril de 1901. OC 42 1 Estamos agora na oficina de Deus. Muitos de nós somos pedras brutas da pedreira, mas ao incidir a verdade de Deus sobre nós, toda a imperfeição é removida e somos preparados para brilhar como pedras vivas no templo celestial, onde seremos colocados em associação, não somente com os santos anjos, mas com o próprio Rei dos Céus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 161. O alvo: perfeição OC 42 2 Mães, não abandonareis o trabalho inútil e sem importância com o que deve perecer com o uso? Não procurareis aproximar-vos de Deus para que Sua sabedoria vos possa guiar e Sua graça assistir numa obra que será tão duradoura como a eternidade? Tende o alvo de tornar vossos filhos perfeitos no caráter. Lembrai-vos de que somente estes poderão ver a Deus. ... OC 42 3 Muitos pais estão negligenciando a obra que lhes foi dada por Deus. Eles mesmos estão longe da pureza e da santidade e não vêem os defeitos dos filhos, como veriam se seus próprios olhos estivessem contemplando e admirando a perfeição do caráter de Cristo. -- The Signs of the Times, 10 de Julho de 1886. Como se tornar uma mãe ideal OC 42 4 Em lugar de se entregar a uma mera labuta, procure a esposa e mãe encontrar tempo para ler, para se manter bem informada, para ser uma companheira a seu marido, e se conservar em contato com a mente em desenvolvimento de seus filhos. Empregue ela sabiamente as oportunidades que tem agora de influenciar os seus queridos para aquela vida mais elevada. Tome tempo para tornar o querido Salvador um companheiro diário, um amigo familiar. Consagre tempo ao estudo de Sua Palavra, tome tempo para levar as crianças aos campos, e aprender a conhecer a Deus mediante a beleza de Suas obras. OC 42 5 Mantenha-se ela animada e alegre. Em vez de passar todos os momentos num costurar sem fim, faça do serão um agradável período social, uma reunião de família depois dos deveres do dia. Muito homem seria assim levado a preferir o convívio de seu lar em vez de o clube e os bares. Muito menino seria guardado contra a rua e o bar da esquina. Muita menina seria salva de associações fúteis, que não levam a bom caminho. A influência do lar seria tanto para os pais como para os filhos, aquilo que era o desígnio de Deus que fosse, uma bênção que se estendesse por toda a vida. -- A Ciência do Bom Viver, 294. Tornar a vida doméstica um êxito OC 43 1 Não deveis seguir as vossas próprias inclinações. Deveis ser muito cuidadosa em dar o devido exemplo em todas as coisas. Não sejais inativa. Despertai vossas energias adormecidas. Tornai-vos uma necessidade a vosso marido, sendo atenta e prestativa. Sede-lhe uma bênção em tudo. Assumi os deveres essenciais que devem ser executados. Estudai como realizar com vivacidade os deveres simples, desinteressantes, domésticos, mas muito necessários, que se relacionam com a vida no lar. ... OC 43 2 Procurai tornar vossa vida doméstica um êxito. Ocupar a posição de esposa e mãe significa mais do que tendes pensado. Necessitais da cultura e experiência da vida doméstica. Necessitais da variedade, do estímulo, do esforço sincero, do cultivo da força de vontade que essa vida oferece. -- Carta 5, 1884. Pais ocupados demais OC 43 3 Muitos pais alegam que têm tanto a fazer que não têm tempo para melhorar suas idéias para educar os filhos para a vida prática, ou lhes ensinar como se podem tornar cordeiros do redil de Cristo. -- Testimonies for the Church 3:144, 145. OC 43 4 Os pais não devem negligenciar armar sua própria mente contra o pecado, guardar-se contra o que não somente os arruinará, mas comunicará dor e toda espécie de miséria e mal a seus filhos. Educando-se corretamente, os pais devem ensinar aos filhos que os Céus governam. -- Carta 86, 1899. Os pais devem aceitar o conselho OC 43 5 Enquanto dormem em ímpia indiferença, Satanás está semeando no coração de seus filhos sementes que germinarão, dando uma colheita de morte. No entanto, freqüentemente, esses pais se ressentem dos conselhos sobre seus erros. Agem como se quisessem perguntar aos que os advertem: Que direito tendes de vos intrometer com meus filhos? Não são também filhos de Deus? Como considera Ele sua perversa negligência? Que justificativas darão quando Ele lhes perguntar por que trouxeram filhos ao mundo para deixá-los desprotegidos ante às tentações de Satanás? The Signs of the Times, 3 de Abril de 1901. OC 43 6 Preparai-vos para ouvir o conselho dos outros. Não acheis que não é da conta de vossos irmãos ou irmãs como tratais os vossos filhos, ou como estes se conduzem. -- Manuscrito 27, 1911. Benefício das reuniões para conselho mútuo OC 44 1 Deus colocou em nossas mãos uma obra muitíssimo sagrada, e precisamos reunir-nos para receber instrução, a fim de que possamos estar habilitados para realizar essa obra. ... Precisamos reunir-nos e receber o toque divino para que possamos compreender nossa obra no lar. Os pais precisam compreender como poderão enviar os filhos e filhas do santuário do lar, ensinados e educados de tal maneira que estejam preparados para brilhar como luzes no mundo. -- Testimonies for the Church 6:32, 33. OC 44 2 Da reunião campal, podemos levar conosco melhor compreensão de nossos deveres domésticos. Há aqui lições a serem aprendidas quanto à obra que o Senhor quer que nossas irmãs façam em seu lar. Devem aprender a polidez na linguagem, ao falarem com o marido e os filhos. Devem estudar como ajudar a pôr todo o membro da família sob a disciplina de Deus. Reconheçam os pais e mães que têm a obrigação de tornar o lar agradável e atraente, e que não se obtém a obediência com censuras e ameaças. Muitos pais ainda têm de aprender que nenhum bem se consegue com explosões de xingamento. Muitos não consideram a necessidade de falar bondosamente às crianças. Não se lembram de que esses pequeninos foram comprados por preço e são a possessão adquirida do Senhor Jesus. -- Manuscrito 65, 1908. ------------------------Capítulo 10 -- A chave da felicidade e do êxito A felicidade depende da obediência OC 45 1 Lembrem-se os pais, mães e educadores em nossas escolas de que é um ramo mais elevado de educação ensinar obediência às crianças. No entanto, muito pouca importância é dada a esse ramo de educação. -- Manuscrito 92, 1899. OC 45 2 As crianças serão mais felizes, muito mais felizes, sob a devida disciplina do que se as deixarmos fazer o que seus impulsos não educados sugerem. -- Manuscrito 49, 1901. OC 45 3 A obediência pronta e contínua à sábia autoridade paterna promoverá a felicidade dos próprios filhos bem como honra a Deus e o bem da sociedade. Os filhos devem aprender que na submissão às leis da família está sua perfeita liberdade. Os cristãos aprenderão esta mesma lição: que na obediência à lei de Deus está a sua perfeita liberdade. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. OC 45 4 A vontade de Deus é a lei do Céu. Enquanto essa lei foi a regra da vida, toda a família de Deus era santa e feliz. Mas ao ser desobedecida a lei divina, então foram introduzidos a inveja, o ciúme e a luta, e uma parte dos habitantes do Céu caiu. Enquanto a lei de Deus for acatada em nossos lares terrenos, a família será feliz. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. A desobediência ocasionou a perda do Éden OC 45 5 É dada integralmente a história da desobediência de Adão e Eva no próprio princípio da história da Terra. Por esse ato de desobediência, nossos primeiros pais perderam o seu belo lar no Éden. E foi uma coisa tão pequena! Temos razões para ser gratos por não ter sido uma questão grande, porque se fosse, ter-se-iam multiplicado os pequenos descuidos da desobediência. Foi a menor prova que Deus podia dar ao santo par, no Éden. OC 45 6 A desobediência e a transgressão sempre são uma grande ofensa a Deus. A infidelidade no mínimo, caso não seja corrigida, logo levará à transgressão no máximo. Não é o grau da desobediência, mas a desobediência em si mesma que é crime. -- Manuscrito 92, 1899. O fundamento da prosperidade temporal e espiritual OC 46 1 A prosperidade temporal e espiritual é condicionada à obediência à lei de Deus. Mas nós não lemos a Palavra de Deus e assim não nos familiarizamos com as condições da bênção a todos os que diligentemente ouvem a lei de Deus, e diligentemente a ensinam em sua família. A obediência à Palavra de Deus é a nossa vida, nossa felicidade. Contemplamos um mundo e o vemos gemendo sob a impiedade e violência dos homens que degradaram a lei de Deus. Ele tem retirado a Sua bênção do pomar e da vinha. Não fosse o Seu povo que guarda os mandamentos e que vive sobre a Terra, não reteria Ele os Seus juízos. Estende a Sua misericórdia por causa dos justos, que O amam e O temem. -- Manuscrito 64, 1899. Guiar as crianças no caminho da obediência OC 46 2 O sagrado dever de guiar os filhos nos caminhos da estrita obediência repousa sobre os pais. A verdadeira felicidade nesta vida e na futura depende da obediência a um "Assim diz o Senhor". Pais, deixai que a vida de Cristo seja o modelo. Satanás descobrirá todo meio possível para derrubar essa norma elevada de piedade, apresentando-a como demasiado rigorosa. É vosso trabalho inculcar nos filhos, nos seus mais tenros anos, o pensamento de que são formados à imagem de Deus. Cristo veio a este mundo para lhes dar um exemplo vivo do que todos eles deveriam ser, e os pais que pretendem crer na verdade para este tempo devem ensinar os filhos a amar a Deus e obedecer a Sua lei. Esse é o maior e mais importante trabalho que os pais e mães podem fazer. ... É propósito de Deus que até mesmo as crianças e jovens compreendam inteligentemente o que Ele requer, para que possam distinguir entre a justiça e o pecado, entre a obediência e a desobediência. -- Manuscrito 67, 1909. A obediência deve tornar-se um deleite OC 46 3 Os pais devem educar os filhos mandamento sobre mandamento, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali, não permitindo qualquer desrespeito à santa lei de Deus. Devem confiar no poder divino, pedindo ao Senhor que os ajude a conservar os filhos fiéis Àquele que deu Seu Filho unigênito para reconduzir o desleal e desobediente à lealdade. Deus almeja derramar sobre homens e mulheres as ricas torrentes de Seu amor. Almeja vê-los deleitar-se em fazer a Sua vontade, usando em Seu serviço cada jota das faculdades que lhe foram confiadas, ensinando a todos que entram na esfera de Sua influência que a maneira de ser tratado como justo por amor de Cristo é obedecer à lei. -- Manuscrito 36, 1900. ------------------------Capítulo 11 -- Ser ensinado desde a infância Começar cedo OC 47 1 A obediência à autoridade paterna deve ser inculcada na infância e cultivada na juventude. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. OC 47 2 Alguns pais pensam que podem deixar os filhinhos seguirem seus próprios caminhos na infância, e então, quando ficarem maiores, argumentarão com eles, mas isso é um engano. Começai no tempo da infância a ensinar a obediência. ... Exigi obediência em vossa escola do lar. -- Carta 74, 1898. OC 47 3 Desde os primeiros anos as crianças devem ser ensinadas a obedecer aos pais, a acatar-lhes a palavra e a lhes respeitar a autoridade. -- The Review and Herald, 16 de Julho de 1895. Antes que a razão se desenvolva OC 47 4 Uma das primeiras lições que a criança precisa aprender é a lição da obediência. Antes que fique bastante idosa para raciocinar, pode ser ensinada a obedecer. -- Educação, 287. OC 47 5 O trabalho da mãe deve começar com o bebê. Deve subjugar a vontade e o temperamento da criança e trazer sua disposição em sujeição. Ensinai-lhe a obedecer, e, quando a criança ficar mais velha, não afrouxeis a mão. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1880. Antes que a vontade própria se torne forte OC 47 6 Poucos pais começam suficientemente cedo a ensinar os filhos a obedecer. Geralmente se permite à criança estar dois ou três anos à dianteira dos pais, que se abstêm de discipliná-la, pensando que é nova demais para aprender a obedecer. Mas em todo esse tempo o eu se está tornando cada vez mais forte no pequeno, e cada dia se torna, para os pais, tarefa mais difícil conseguir o controle da criança. OC 47 7 Muito cedo podem as crianças compreender o que com clareza e simplicidade lhes é dito, e por uma orientação bondosa e continuada pode ser ensinado a obedecer. ... Não deve a mãe permitir ao filho ganhar vantagem sobre ela num único caso; e, para manter essa autoridade, não é necessário recorrer a medidas severas; a mão firme, segura, e uma bondade que convence a criança de que a amais, alcançarão o propósito. Mas deixai o egoísmo, a ira e a vontade própria terem seu curso durante os três primeiros anos da vida de uma criança e será difícil fazê-la submeter-se a uma disciplina saudável. Sua disposição se tornou azeda; deleita-se em fazer sua própria vontade. O controle paterno é mal recebido. As tendências más se desenvolvem até que na varonilidade o supremo egoísmo e a falta de domínio próprio a colocam na dependência dos males que correm desenfreadamente em nossa Terra. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. OC 48 1 Nunca se lhes deve permitir (às crianças) mostrar desrespeito para com os pais. Nunca se deve permitir que a obstinação passe sem ser reprimida. O futuro bem-estar da criança requer disciplina bondosa, amável, mas firme. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 112. A obediência aos pais leva à obediência a Deus OC 48 2 Os jovens e crianças, que têm pais que oram, são grandemente privilegiados, pois têm oportunidade de conhecer e amar a Deus. Ao respeitarem e prestar obediência aos pais, podem aprender como respeitar e obedecer a seu Pai celestial. Se andarem como filhos da luz, serão bondosos e corteses, amáveis e respeitosos para com os pais, a quem têm visto, e assim estarão melhor habilitados para amar a Deus, a quem não vêem. Se forem fiéis representantes dos pais, praticando a verdade pelo auxílio que lhes é dado por Deus, então por preceito e exemplo reconhecerão o domínio de Deus e O honrarão por uma vida bem ordenada e uma conversa piedosa. -- The Youth's Instructor, 15 de Junho de 1893. Apenas o obediente entra no céu OC 48 3 Que pais e professores impressionem a mente das crianças com o fato de que o Senhor os está provando nesta vida, para ver se Lhe obedecem, com amor e reverência! Os que aqui não forem obedientes a Cristo também não Lhe obedeceriam no mundo por vir. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 79. OC 48 4 Se pais ou filhos forem algum dia recebidos festivamente nas mansões do Alto, sê-lo-ão porque aprenderam neste mundo a obedecer aos mandamentos de Deus. -- Manuscrito 60, 1903. ------------------------Capítulo 12 -- A obediência deve tornar-se um hábito Esforços brandos mas persistentes OC 49 1 Deve ensinar-se às crianças que suas faculdades lhes foram dadas para honra e glória de Deus. Para tal fim devem aprender a lição da obediência. ... Mediante esforço moderado e persistente deve estabelecer-se este hábito. Assim, em grande parte, podem ser evitados aqueles conflitos posteriores entre a vontade e a autoridade, os quais tanto contribuem para suscitar na mente dos jovens desapego e amargura para com os pais e professores, e tantas vezes resistência a toda a autoridade, humana e divina. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 110. Não permitir argumentos ou evasivas OC 49 2 Deve ser o primeiro cuidado dos pais estabelecer um bom governo na família. A palavra dos pais deve ser lei, excluindo toda argumentação ou evasivas. Desde a infância, as crianças devem ser ensinadas a obedecer irrestritamente aos pais. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. OC 49 3 A estrita disciplina pode, às vezes, causar descontentamento, e as crianças desejarão fazer sua própria vontade; contudo, onde elas aprenderam a lição da obediência aos pais, estão mais preparadas para se submeterem aos requisitos de Deus. Portanto, o ensino recebido na infância influencia a experiência religiosa e molda o caráter do homem. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1880. Não permitir exceções OC 50 1 Como professores da própria família, os pais devem cuidar de que as leis não sejam desobedecidas. ... Permitindo aos filhos prosseguirem na desobediência, deixam de exercer a devida disciplina. As crianças devem ser levadas ao ponto de submissão e obediência. Não se deve permitir a desobediência. O pecado jaz à porta dos pais que permitem aos filhos desobedecer. ... Os filhos precisam compreender que devem obedecer. -- Manuscrito 82, 1901. Obediência imediata e perfeita OC 50 2 Quando os pais deixam de exigir obediência imediata e perfeita dos filhos, deixam de colocar o devido fundamento do caráter em seus pequeninos. Preparam os filhos para desonrá-los quando forem mais velhos, e trarão tristeza ao seu coração quando se aproximarem da sepultura. -- Manuscrito 18, 1891. As exigências devem ser razoáveis OC 50 3 As exigências dos pais sempre devem ser razoáveis; manifestem bondade, não em tola condescendência, mas em uma sábia direção. Ensinem os pais aos filhos com satisfação, sem ralhar nem criticar, procurando unir o coração dos pequenos a eles pelos sedosos laços do amor. Sejam todos, pais e mães, professores, irmãos e irmãs mais velhos, uma força educativa para fortalecer todos os interesses espirituais, e trazer ao lar e à vida escolar uma atmosfera sadia, que auxilie as crianças mais novas a crescerem na doutrina e admoestação do Senhor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 158, 159. OC 50 4 No ensino de nossos próprios filhos, e no dos filhos alheios, temos provado que eles nunca amam menos aos pais e tutores por os restringirem de fazer o mal. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. Dar as razões para a obediência OC 50 5 Os filhos devem aprender a obedecer no governo da família. Devem formar caráter simétrico que Deus possa aprovar, mantendo a lei na vida do lar. Os pais cristãos devem educar os filhos a obedecer à lei de Deus. ... As razões dessa obediência e respeito à lei de Deus podem ser inculcadas nos filhos, logo que estes lhe possam compreender a natureza, para que saibam o que devem e o que não devem fazer. -- Manuscrito 126, 1897. A palavra dos pais deve ser lei OC 51 1 Os filhos que estão sob o vosso controle devem ser levados a obedecer-vos. Vossa palavra deve ser sua lei. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. OC 51 2 Muitos pais cristãos deixam de ordenar os filhos depois deles e então se admiram de que estes sejam perversos, desobedientes, ingratos e não santificados. Tais pais estão sob a censura de Deus. Têm negligenciado criar os filhos na doutrina e na admoestação do Senhor. Deixaram de ensinar-lhes a primeira lição do cristianismo: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. "A estultícia", diz o sábio, "está ligada ao coração do menino." Provérbios 22:15. O amor à tolice, o desejo de fazer o mal, a aversão às coisas santas, são algumas das dificuldades que os pais devem enfrentar no campo missionário do lar. ... OC 51 3 Na força de Deus, os pais devem levantar-se e ordenar a sua casa após si. Devem aprender a reprimir o mal com mão firme, mas sem impaciência ou paixão. Não devem deixar a criança a conjeturar o que é direito, mas devem apontar o caminho em termos inconfundíveis e ensinar-lhes a andar nele. -- The Review and Herald, 4 de Maio de 1886. A influência de uma criança desobediente OC 51 4 Uma criança desobediente ocasionará grande mal àqueles com quem se associa, pois moldará outras crianças segundo a sua própria norma. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. Condescender com o pecado OC 51 5 Ensinai vossos filhos a honrar-vos, porque a lei de Deus sobre eles impõe esse dever. Se permitirdes os filhos considerarem levianamente vossa vontade e não dar atenção às leis da casa, estareis condescendendo com o pecado; estareis permitindo o diabo trabalhar como ele quer; e a mesma insubordinação, falta de reverência e amor-próprio serão levados com eles até mesmo para a vida religiosa e a igreja. E o começo de todo este mal é, nos livros do Céu, imputado à negligência dos pais. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. O hábito da obediência é estabelecido pela repetição OC 51 6 As lições de obediência, de respeito à autoridade, necessitam ser freqüentemente repetidas. Esta espécie de trabalho feito na família será um poder para o bem, e não somente serão as crianças restringidas do mal e constrangidas a amar a Deus e à justiça, mas os próprios pais serão igualmente beneficiados. Esta espécie de trabalho que Deus requer, não pode ser feito sem uma contemplação muito séria de sua parte, e muito estudo da Palavra de Deus, a fim de que possam instruir segundo a Sua direção. -- Manuscrito 24, 1894. ------------------------Capítulo 13 -- Domínio próprio Preparar os filhos para a vida e seus deveres OC 52 1 Bem pode a mãe indagar com profunda ansiedade, ao contemplar os filhos postos sob os seus cuidados: Qual é o grande alvo e objetivo de sua educação? Será prepará-los para a vida e seus deveres, habilitá-los para assumir uma posição honrosa no mundo, fazer o bem, beneficiar os seus semelhantes, alcançar a seu tempo a recompensa dos justos? Se assim for, então a primeira lição a lhes ser ensinada é a do domínio próprio; pois nenhuma pessoa indisciplinada, cabeçuda, pode esperar alcançar êxito neste mundo, ou recompensa no vindouro. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Ensinar a criança a ceder OC 52 2 Antes de terem um ano de idade, os pequenos ouvem e compreendem o que se diz a seu respeito, e sabem até que ponto serão tolerados. Mães, deveis ensinar vossos filhos a ceder a vossa vontade. Esse ponto deve ser alcançado, se quiserdes manter o controle sobre vossos filhos e preservar vossa dignidade como mãe. Vossos filhos aprenderão depressa justamente o que deles esperais; sabem quando sua vontade conquista a vossa, e tirarão a maior vantagem de sua vitória. -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. OC 53 1 É uma grande crueldade permitir que desenvolvam hábitos errôneos, colocar a lei nas mãos da criança e deixá-la governar. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 68. Não satisfazer desejos egoístas OC 53 2 Caso os pais não sejam cuidadosos, de tal maneira tratarão os filhos que os levarão a exigir atenção e privilégios que exigirão dos pais que se sacrifiquem para condescender com eles. OC 53 3 Os filhos exigirão dos pais que façam coisas para eles, que lhes satisfaçam os desejos, e os pais o farão, a despeito do fato de isso estar incentivando neles o egoísmo. Mas assim fazendo, os pais estão prejudicando os filhos. Mais tarde, verificarão que coisa difícil é neutralizar a influência da educação dos primeiros anos da vida de uma criança. Cedo devem as crianças aprender que não podem ser satisfeitas quando os seus desejos são movidos pelo egoísmo. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. Não dar coisa alguma pela qual a criança grita OC 53 4 Uma preciosa lição que a mãe precisará repetir freqüentemente é a de que a criança não deve governar; ela não é o chefe, mas a vontade e desejos da mãe devem ser supremos. Assim lhe está ela ensinando o domínio próprio. Não lhe deis nada pelo qual grita, mesmo que o vosso terno coração muito deseje fazer isso; pois se uma vez alcançarem a vitória gritando, esperarão fazê-lo de novo. Da segunda vez, a luta será mais veemente. -- Manuscrito 43, 1900. Nunca permitir demonstração de temperamento irascível OC 53 5 Entre as primeiras tarefas da mãe está a de restringir o temperamento dos pequeninos. Não se deve permitir os filhos manifestarem ira; não se lhes deve permitir atirar-se ao solo, bater e gritar por lhe ter sido negado algo que não era para o seu máximo bem. Tenho sido angustiada ao ver como muitos pais condescendem com os filhos na demonstração de temperamento irascível. As mães parecem olhar para essas explosões de ira como algo que deva ser suportado, e parecem indiferentes ao comportamento da criança. Mas uma vez permitido um mal, será repetido, e sua repetição resultará em hábito e assim o caráter da criança será malformado. -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. Quando repreender um espírito mau OC 54 1 Freqüentemente tenho visto o pequeno jogar-se e gritar se sua vontade foi contrariada de qualquer maneira. Esse é o tempo de repreender o mau espírito. O inimigo procurará dominar a mente de nossos filhos; permitir-lhe-emos nós moldá-los segundo a sua vontade? Esses pequenos não podem discernir que espírito os está influenciando, e é dever dos pais exercer juízo e prudência por eles. Seus hábitos devem ser cuidadosamente vigiados. As más tendências devem ser restringidas, e a mente estimulada em favor do direito. A criança deve ser encorajada em todo o esforço de dominar a si mesma. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 61. Começar com os "cânticos de Belém" OC 54 2 As mães devem educar os bebês que têm ao colo de acordo com princípios e hábitos corretos. Não devem permitir que batam com a cabeça no chão. ... Eduquem-nos as mães na infância. Comecem com os cânticos de Belém. Essas suaves melodias terão uma influência tranqüilizadora. Cantai-lhes em voz baixa essas melodias quanto a Cristo e Seu amor. -- Manuscrito 9, 1893. Nenhuma vacilação ou indecisão OC 54 3 Logo que possível o temperamento perverso deve ser reprimido na criança; pois quanto mais for adiado esse dever, tanto mais difícil será realizá-lo. As crianças de disposição viva e agitada, necessitam de um cuidado especial dos pais. Devem ser tratadas de maneira especialmente bondosa mas firme; no seu caso não deve haver vacilação ou indecisão da parte dos pais. Os traços de caráter, que naturalmente impediriam o crescimento de suas faltas peculiares, devem ser cuidadosamente alimentados e fortalecidos. A condescendência para com as crianças de disposição impetuosa e perversa resultará a sua ruína. Suas faltas se fortalecerão com os anos, retardar-lhe-ão o desenvolvimento do espírito e preponderarão sobre todos os bons e nobres traços de seu caráter. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. Importante o exemplo dos pais OC 54 4 Alguns pais não têm domínio sobre si mesmos. Não controlam os seus apetites doentios ou seu temperamento impetuoso, portanto não podem educar os filhos sobre a negação de seu apetite e ensinar-lhes o domínio próprio. -- Pacific Health Journal, Outubro de 1897. OC 54 5 Se os pais quiserem ensinar aos filhos o domínio próprio, eles mesmos devem formar primeiro o hábito. As repreensões e críticas dos pais encorajam nos filhos um temperamento precipitado e impetuoso. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. Não deixar de fazer o bem OC 55 1 Os pais gostam demais da comodidade e do prazer, para desempenharem na vida do lar a obra que Deus lhes designou. Não veríamos o terrível estado de maldade que existe entre a juventude atual se esta tivesse sido devidamente educada em casa. Se os pais realizassem a obra que lhes foi dada por Deus e ensinassem aos filhos a restrição, abnegação e domínio próprio, tanto por preceito como pelo exemplo, verificariam que, ao estarem procurando cumprir o seu dever, de modo a receber a aprovação de Deus, estariam aprendendo preciosas lições na escola de Cristo. Estariam aprendendo a paciência, a longanimidade, o amor e a mansidão; e essas são as mesmas lições que devem ensinar aos filhos. OC 55 2 Depois de despertadas as sensibilidades morais dos pais, e de terem assumido a obra negligenciada com renovada energia, não deveriam ficar desanimados ou permitir serem impedidos nessa obra. Muitos se cansam de fazer o bem. Ao verificarem que ser requer exaustivo esforço, constante domínio próprio e multiplicada graça, bem como conhecimento, para fazer frente às inesperadas emergências que surgem, ficam desanimados e desistem da luta deixando o inimigo das almas agir como quer. Dia após dia, mês após mês, ano após ano, deve a obra prosseguir até que o caráter de vosso filho seja formado e os hábitos estabelecidos da maneira correta. Não deveis abandonar e deixar vossa família vaguear de uma maneira solta e sem governo. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1888. Nunca perder o domínio de si OC 55 3 Nunca devemos perder o domínio de nós mesmos. Conservemos sempre diante de nós o Modelo perfeito. É um pecado falar de modo impaciente e mal-humorado, ou ficar zangado -- ainda mesmo que não falemos. Devemos andar dignamente, representando corretamente a Cristo. Falar uma palavra irada é como a pedra batendo na pedra: imediatamente suscita sentimentos de ira. OC 55 4 Nunca sejais como o ouriço da castanha. No lar, não vos permitais usar palavras ásperas e ríspidas. Deveis convidar o Hóspede celestial para vir a vosso lar, possibilitando, ao mesmo tempo, a Ele e aos anjos celestiais, habitar convosco. Deveis receber a justiça de Cristo, a santificação do Espírito de Deus, a beleza da santidade, para que possais revelar a Luz da Vida aos que estão ao vosso redor. -- Manuscrito 102, 1901. OC 55 5 "Melhor é o longânimo", diz o sábio, "do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade." Provérbios 16:32. O homem ou a mulher que preservam o equilíbrio da mente, ao serem tentados a condescender com a paixão, está diante de Deus e dos anjos celestiais numa posição mais elevada que o mais renomado general que já conduziu um exército à batalha e à vitória. Disse famoso imperador, no leito de morte: "Entre todas as minhas conquistas, apenas uma há que me dá qualquer consolo agora, e essa é a vitória que obtive sobre o meu próprio temperamento turbulento." Alexandre e César acharam mais fácil subjugar o mundo do que dominar a si mesmos. Depois de conquistar uma nação após outra, caíram -- um deles, "vítima da intemperança; e o outro, de uma ambição desmedida". -- Good Health, Novembro de 1880. ------------------------Capítulo 14 -- Silêncio, respeito e reverência Reprimir o barulho e a violência OC 56 1 Não permita a mãe que sua mente se ocupe com coisas demais. ... Com a maior diligência e estrita vigilância, ela deve cuidar dos pequeninos que, se deixar, seguirão cada impulso que brota do fundo de seu coração inexperiente e ignorante. Na exuberância de seu espírito, darão expansão ao barulho e à violência no lar. Isso deve ser impedido. As crianças serão igualmente felizes se forem educadas a não fazer tais coisas. Devem ser ensinadas que, ao chegarem as visitas, devem ficar quietas e ser respeitosas. -- Manuscrito 64, 1899. Calma no lar OC 56 2 Pais e mães, ... ensinai a vossos filhos que devem estar subordinados à lei. Não lhes deixeis pensar que, por serem crianças, é seu privilégio fazerem em casa todo o barulho que quiserem. Regras e regulamentos sábios devem ser feitos e postos em vigor, a fim de que não seja estragada a beleza da vida do lar. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. OC 56 3 Os pais fazem aos filhos grande mal quando permitem que gritem e chorem. Não lhes deve ser permitido serem descuidados e barulhentos. Caso esses traços de caráter objetáveis não forem reprimidos nos primeiros anos, as crianças os levarão consigo, fortalecidos e desenvolvidos, para a vida religiosa e de negócios. As crianças serão da mesma forma felizes se forem ensinadas a ficarem quietas em casa. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. Ensinar o respeito à voz da experiência OC 57 1 As crianças devem ser ensinadas a respeitar a voz da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Sejam educadas de maneira que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao sair de sob a mão guiadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 75. A frouxidão dos pais incentiva o desrespeito OC 57 2 Se em sua própria casa é permitido aos filhos serem desrespeitosos, desobedientes, ingratos e impertinentes, seu pecado jaz à porta dos pais. -- Carta 104, 1897. OC 57 3 A mãe... deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser excelsa; sua palavra, lei. Se é cristã, sob o governo de Deus, se imporá ao respeito dos filhos. Dizei a vossos filhos exatamente o que exigis deles. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 111. OC 57 4 Quando os pais não mantêm sua autoridade, ao irem os filhos para a escola não têm o devido respeito aos professores ou ao diretor da escola. A reverência e o respeito que devem ter nunca lhes foram ensinados em casa. O pai e a mãe ficavam no mesmo nível dos filhos. -- Manuscrito 14, 1894. Resultados de uma impertinência não reprimida OC 57 5 Mostrai respeito aos vossos filhos e não lhes permitais falar-vos ou dirigir-vos uma palavra desrespeitosa. -- Manuscrito 114, 1903. Uma atitude juvenil sábia OC 57 6 Sábio e grandemente abençoado é o jovem que sente ser seu dever, se tem pais, respeitá-los e, se não tem, considera seu tutor ou aqueles com quem vive, como conselheiros, confortadores, e, em alguns aspectos, como seus governantes, e que permite as restrições de seu lar exercerem influência sobre ele. -- Testimonies for the Church 2:308. A reverência deve ser alimentada OC 58 1 A reverência... é uma graça que deve ser cuidadosamente alimentada. Toda criança deve ser ensinada a mostrar a verdadeira reverência para com Deus. -- Profetas e Reis, 236. OC 58 2 O Senhor deseja que compreendamos que devemos colocar nossos filhos na relação correta para com o mundo, a igreja e a família. O primeiro ponto a ser considerado é sua relação para com a família. Ensinemos-lhes a serem corteses uns para com os outros e corteses para com Deus. "Que quereis dizer", podeis indagar, "ao dizer que lhes devemos ensinar a serem polidos para com Deus?" Quero dizer que devem ser ensinados a reverenciar ao nosso Pai celestial e a apreciar o grande e infinito sacrifício que Cristo fez em nosso favor. ... Os pais e filhos devem manter tão íntima relação para com Deus que os anjos celestes possam comunicar-se com eles. Esses mensageiros são impedidos de entrar em muitos lares em que são comuns a iniqüidade e a indelicadeza para com Deus. Peguemos de Sua Palavra o espírito do Céu e o tragamos para a nossa vida aqui. -- Manuscrito 100, 1902. Como ensinar a reverência OC 58 3 Os pais podem e devem interessar seus filhos no conhecimento variado que se encontra nas páginas sagradas. Mas, se quiserem interessar seus filhos e filhas na Palavra de Deus, deverão eles próprios estar interessados na mesma. Devem estar familiarizados com seus ensinos, e, conforme Deus ordenou a Israel, falar a tal respeito "assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te". Deuteronômio 11:19. Aqueles que desejam que seus filhos amem e reverenciem a Deus, devem falar de Sua bondade, Sua majestade e Seu poder, conforme se acham revelados em Sua Palavra e nas obras da criação. -- Patriarcas e Profetas, 504. A reverência é revelada pela obediência OC 58 4 Mostre-se às crianças que a verdadeira reverência se revela pela obediência. Deus nada ordenou que não seja essencial, e não há outro modo tão agradável a Ele para se manifestar reverência como a obediência àquilo que Ele falou. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 111. ------------------------Capítulo 15 -- Cuidados em relação à propriedade Reprimir as tendências destruidoras OC 59 1 A educação deve ser completa e uniforme. Toda mãe precisa ser diligente. Não deve permitir que coisa alguma lhe desvie a mente. Não deve permitir os filhos seguirem sua vontade não educada ao lidar com as coisas em casa. Deve-se-lhes ensinar que não devem conservar a casa em perpétua desordem, mexendo nas coisas para se distraírem. Mães, ensinai as crianças desde a mais tenra idade que não devem considerar tudo na casa como brinquedo seu. Por essas pequeninas coisas ensina-se a ordem. Não importa quanta algazarra possam as crianças fazer, não permitais que o instinto de destruição, que é grande na infância e na meninice, seja fortalecido e cultivado. Deus diz: "Farás", e "Não farás". Sem perderem a paciência, mas decididamente, devem os pais dizer aos filhos: Não, e ficar firmes. OC 59 2 Com firmeza devem recusar permitir que tudo na casa seja manuseado livremente, e jogado em qualquer lugar do assoalho ou no chão. Os que permitem à criança seguir tal curso, estão lhe causando um grande mal. Pode ela não ser criança má, mas sua educação a está tornando muito importuna e destruidora. -- Manuscrito 64, 1899. Ensinar o respeito à propriedade alheia OC 59 3 Alguns pais permitem aos filhos serem destruidores, usar como brinquedo coisas que eles não têm o direito de tocar. Deve-se ensinar às crianças que elas não devem pegar nas coisas que pertencem aos outros. Para o conforto e felicidade da família, devem aprender a observar as regras de propriedade. As crianças não são mais felizes quando se lhes permite pegar em tudo que vêem. Se não forem ensinadas a ser cuidadosas, crescerão com traços de caráter desagradáveis e destruidores. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. Brinquedos fortes e duráveis OC 60 1 Não deis às crianças brinquedos que facilmente se quebrem. Fazer isso corresponde a dar lições de destruição. Tenham elas alguns brinquedos, e que sejam fortes e duráveis. Tais sugestões, por pequenas que possam parecer, significam muito na educação da criança. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 123. ------------------------Capítulo 16 -- Princípios sobre saúde Começar cedo a educação sobre saúde OC 60 2 O Criador do homem organizou a estrutura viva de nosso corpo. Toda função é maravilhosa e sabiamente desempenhada. E Deus Se encarregou de manter este sistema em saudável funcionamento se o instrumento humano obedecer a Suas leis e cooperar com Deus. ... Podemos contemplar e admirar a obra de Deus no mundo natural, mas a habitação humana é a mais maravilhosa. OC 60 3 Desde o romper da razão, a mente humana deve tornar-se inteligente com relação à estrutura física. Aqui deu Jeová uma amostra de si mesmo, pois o homem foi feito à imagem de Deus. -- Medicina e Salvação, 221. OC 60 4 O primeiro estudo da criança deve ser conhecer a si mesma, e saber como conservar o corpo com saúde. -- Testimonies for the Church 3:142. Lições importantes OC 60 5 Na primeira educação da criança muitos pais e professores deixam de compreender que se deve dar a maior atenção à constituição física, para que se possa assegurar uma condição sadia do corpo e da mente. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. OC 60 6 A felicidade futura de vossa família e o bem-estar da sociedade dependem, em grande parte, da educação física e moral que vossos filhos recebam nos primeiros anos de vida. -- Fundamentos da Educação Cristã, 156. Os pais devem compreender e ensinar a fisiologia OC 61 1 Se os próprios pais obtivessem conhecimento e reconhecessem a importância de pô-lo em prática na educação de seus queridos filhos, veríamos entre jovens e crianças um estado diferente de coisas. OC 61 2 As crianças precisam ser instruídas com relação ao próprio corpo. Poucos jovens há que tenham qualquer conhecimento definido dos mistérios da vida humana. Quase nada sabem acerca do organismo. Disse Davi: "Eu Te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado." Salmos 139:14. OC 61 3 Ensinai vossos filhos a raciocinar da causa para o efeito; mostrai-lhes que, se violarem as leis de seu ser, como conseqüência sofrerão doenças. Se com vossos esforços não puderdes ver melhora especial, não desanimeis; instruí pacientemente "mandamento sobre mandamento ... regra sobre regra ... um pouco aqui, um pouco ali." ... Prossegui até alcançar a vitória. Continuai a ensinar vossos filhos quanto ao próprio corpo, e como dele cuidar. A imprudência em relação à saúde física leva à imprudência no caráter moral. -- Testimonies for the Church 2:536, 537. Viver saudável: preocupação da família OC 61 4 O viver saudável deve tornar-se uma preocupação da família. Os pais devem despertar quanto às responsabilidades que Deus lhes deu. Estudem os princípios da reforma de saúde e ensinem aos filhos que o trilho da abnegação é o único caminho seguro. Pelo seu desrespeito à lei física, a maioria dos habitantes do mundo está destruindo o seu poder de domínio próprio e se desqualificando para apreciar as realidades eternas. Voluntariamente ignorantes de sua própria estrutura, levam os filhos rumo à condescendência própria, preparando o caminho para que estes sofram o castigo da transgressão das lei da natureza. -- Testimonies for the Church 6:370. Preparo físico OC 61 5 O preparo físico -- desenvolvimento do corpo -- é dado com muito maior facilidade do que o ensino espiritual. O quarto das crianças, o parque de diversões, a oficina, o plantar e colher -- tudo isso proporciona educação física. Sob circunstâncias favoráveis comuns, a criança adquire naturalmente vigor de saúde e desenvolvimento conveniente dos órgãos do corpo. Todavia, mesmo sob o ponto de vista físico, a criança deve ser cuidadosamente ensinada. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 108. Obediência às leis da natureza: saúde e felicidade OC 62 1 Devemos ensinar aos nossos filhos que podem ser sábios quanto ao seu próprio organismo físico. Por meio de paciente instrução, eles podem, numa idade precoce, ser levados a compreender que devem obedecer às leis de seu ser, se quiserem estar livres da dor e da enfermidade. Devem compreender que sua vida não será útil se forem tornados inválidos pela doença. Tampouco podem agradar a Deus se trouxerem doença sobre si mesmos, pelo desrespeito às leis naturais. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. ------------------------Capítulo 17 -- Asseio Deus é exato OC 62 2 O Senhor ordenou aos filhos de Israel que lavassem suas roupas e retirassem toda a impureza do acampamento, para que, ao passar, Ele não visse a sua imundícia. Deus passa hoje pelos nossos lares, e contempla as condições anti-higiênicas das famílias e a negligência nos hábitos. Não seria melhor que nos reformássemos, e isso sem demora? OC 62 3 Pais, Deus vos tornou instrumentos Seus, para que possais infundir princípios retos na mente de vossos filhos. Tendes sob vossos cuidados os pequeninos do Senhor. E aquele Deus, que tanto exigia que os filhos de Israel crescessem com hábitos de limpeza, não sancionará hoje qualquer impureza no lar. Deus vos confiou a obra de educar vossos filhos nesse sentido e, ao lhes ensinar os hábitos de higiene, estais-lhes ensinando lições espirituais. Verão que Deus quer que sejam limpos tanto no coração como no corpo, e serão levados à compreensão dos princípios puros que Deus determinou deverem dirigir cada ato de sua vida. -- Manuscrito 32, 1899. OC 62 4 Se Deus era tão minucioso ao prescrever limpeza para aqueles que jornadeavam pelo deserto, e que se achavam ao ar livre quase todo tempo, não requer Ele menos de nós, que vivemos em casas forradas, onde as impurezas são mais observadas e têm influência mais insalubre. -- Conselhos Sobre Saúde, 82. A higiene deve tornar-se uma segunda natureza OC 63 1 A falta de higiene no lar é um grande erro, pois está educando em seus efeitos, e faz com que a sua influência se espalhe. Mesmo na infância, deve ser dada uma orientação certa à mente e aos hábitos da criança. ... Mostrai-lhe que a falta de higiene, seja no corpo ou no vestuário, é ofensiva a Deus. Ensinai-lhes a comer de maneira asseada. Deve-se exercer constante vigilância, para que esses hábitos se tornem sua segunda natureza. ... A impureza será detestada como deve. ... OC 63 2 Oh, se todos compreendessem que esses pequenos deveres não devem ser negligenciados! Toda sua vida futura será amoldada pelos hábitos e práticas da infância. As crianças são especialmente susceptíveis às impressões, e o conhecimento sanitário pode ser-lhes comunicado não permitindo desordem. -- Manuscrito 32, 1899. Ensinar o amor à limpeza OC 63 3 Deveis cultivar o amor ao asseio e à estrita limpeza. -- Testimonies for the Church 2:66. OC 63 4 Vesti vossos filhos de maneira simples e sem adorno. Sua roupas devem ser feitas de material durável. Conservai-os apresentáveis e limpos. Ensinai-lhes a odiar qualquer coisa como a sujeira e a imundícia. -- Manuscrito 79, 1901. OC 63 5 Seja a força que agora é dedicada ao planejamento desnecessário do que haveis de comer, ou do que haveis de beber, ou com que vos vestireis, dirigida para lhes conservar a pessoa limpa e arrumadas as roupas. Não me compreendais mal nisso. Não digo que os deveis conservar presos em casa, como bonecas. Não há nada impuro na areia limpa ou na terra seca; são as emanações do corpo que corrompem, exigindo que a roupa seja mudada e o corpo banhado. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 141. OC 63 6 Conservai a casa e seus arredores limpos. Famílias inteiras poderiam ser ajudadas e abençoadas se os pais descobrissem alguma coisa para os filhos fazerem. Por que não são os pastores e professores mais explícitos nesse assunto que tanto significa para a saúde física e o vigor espiritual? Os meninos e meninas da família devem sentir que são parte da sociedade do lar. Devem esforçar-se por conservar limpos a casa e os arredores, de toda a vista desagradável. Sobre esse assunto dever-se-ia dar instrução. -- Carta 108, 1898. OC 63 7 Toda a forma de desasseio tende à enfermidade. Existem microrganismos produtores de morte nos recantos escuros e negligenciados, em apodrecidos detritos, na umidade, no mofo e bolor. Nada de verduras deterioradas ou montes de folhas secas se deve permitir que permaneça próximo de casa, poluindo e envenenando o ar. Coisa alguma suja ou estragada se deve tolerar dentro de casa. Em vilas e cidades consideradas perfeitamente salubres, tem-se verificado que muita epidemia de febre se tem originado de matéria em decomposição existente em redor da residência de algum negligente chefe de família. OC 64 1 Perfeito asseio, quantidade de sol, cuidadosa atenção às condições higiênicas em todos os detalhes da vida doméstica são essenciais à prevenção das doenças e ao contentamento e vigor dos habitantes do lar. -- A Ciência do Bom Viver, 276. A higiene pessoal é essencial à saúde OC 64 2 A cuidadosa higiene é indispensável tanto à saúde física como à mental. Impurezas são constantemente expelidas do corpo por meio da pele. Seus milhões de poros logo ficam obstruídos, a menos que se mantenham limpos mediante banhos freqüentes, e as impurezas que deviam sair pela pele se tornam mais sobrecarga aos outros órgãos eliminadores. OC 64 3 Muitas pessoas tirariam proveito de um banho frio ou morno cada dia pela manhã ou à noite. Em vez de tornar mais sujeito a resfriados, um banho devidamente tomado, fortalece contra os mesmos, porque melhora a circulação; o sangue é levado à superfície, conseguindo-se que ele aflua mais fácil e regularmente às várias partes do organismo. A mente e o corpo são regularmente revigorados. Os músculos tornam-se mais flexíveis, mais vivo o intelecto. O banho é um calmante dos nervos. Ajuda os intestinos, o estômago e o fígado, dando saúde e energia a cada um, o que promove a digestão. OC 64 4 Também é importante que a roupa esteja sempre limpa. O vestuário usado absorve os resíduos expelidos pelos poros; não sendo freqüentemente mudado e lavado, as impurezas serão absorvidas. -- A Ciência do Bom Viver, 275, 276. Arredores limpos são um auxílio à pureza OC 64 5 Freqüentemente tenho visto camas de crianças em tal condição que o odor fétido e venenoso que delas constantemente se exalava, me era insuportável. Conservai limpo e salubre tudo aquilo em que repousam os olhos da criança e que entra em contato com o corpo, noite e dia. Será esse um meio de educá-las a escolher o que é limpo e puro. Seja o quarto de vossos filhos asseado, ainda que destituído de mobília cara. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 142. Manter o equilíbrio OC 64 6 A higiene e a ordem são deveres cristãos. No entanto, mesmo elas podem ser levadas longe demais e tornadas o essencial, enquanto questões de maior importância são negligenciadas. Os que negligenciam o interesse das crianças por essas considerações estão valorizando a hortelã e o cominho, ao passo que negligenciam as questões de maior peso da lei -- a justiça, a misericórdia e o amor de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 68. ------------------------Capítulo 18 -- Esmero, ordem e regularidade Cultivar a ordem e o bom gosto OC 65 1 O cultivo da ordem e do bom gosto é parte importante da educação das crianças. ... OC 65 2 Como guardas e professores de vossos filhos, tendes o estrito dever de fazer as mínimas coisas no lar com esmero e ordem. Ensinai aos vossos filhos a valiosa lição de conservar as roupas em boa ordem. Conservai vossa própria roupa limpa, agradável e respeitável. ... OC 65 3 Sempre estais na obrigação diante de Deus de ser modelos de correção no lar. Lembrai-vos de que no Céu não há desordem, e que vosso lar deve ser um Céu aqui embaixo. Lembrai-vos de que ao fazerdes fielmente dia a dia as pequenas coisas que devem ser feitas no lar, sois colaboradores de Deus, aperfeiçoando um caráter cristão. -- Carta 47a, 1902. OC 65 4 Tende em mente, pais, que estais trabalhando para a salvação de vossos filhos. Se vossos hábitos forem corretos, se revelardes correção e ordem, virtude e justiça, santificação do corpo, da alma e do espírito, correspondereis às palavras do Redentor: "Vós sois a luz do mundo." Mateus 5:14. -- Manuscrito 74, 1901. Ensinar hábitos de esmero OC 65 5 Exige-se de cada família que seja educada nos hábitos de esmero, limpeza e perfeição. Nós, que professamos crer na verdade, devemos tornar manifesto ao mundo que os princípios da verdade e da justiça não tornam o povo grosseiro, rude, sem higiene e desorganizado. OC 66 1 O amor a Deus será expresso na família pelo amor aos nossos filhos. O amor genuíno não os deixará ser arrastados para a indolência e o desleixo, porque este é o caminho mais fácil, mas pelo exemplo puro, posto diante deles pelos pais, pela firmeza amável mas inflexível no cultivo de hábitos de operosidade, educarão os filhos segundo a mesma ordem. -- Manuscrito 24, 1894. Ensinar as crianças a cuidarem da roupa OC 66 2 Ensinai cedo às crianças a cuidarem da roupa. Tenham elas um lugar para pôr as coisas e sejam ensinadas a dobrar cuidadosamente cada artigo e pô-lo em seu lugar. Se não podeis ao menos ter uma cômoda barata, usai um caixote de madeira, arrumando-o com prateleiras e cobrindo-o com algum pano vivo e estampado. Essa obra de ensinar esmero e ordem tomará um pouco de tempo cada dia, mas recompensará no futuro de vossos filhos, e no fim poupar-vos-á muito tempo e cuidado. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 142. Conservar o próprio quarto arrumado OC 66 3 Se as crianças têm um quarto que consideram seu, e se forem ensinadas a conservá-lo arrumado, e o tornarem atraente, terão um sentimento de posse -- acharão que têm dentro do lar, um lar que é seu mesmo, e terão satisfação em conservá-lo em ordem e bonito. A mãe terá necessariamente de lhes inspecionar o trabalho, fazer sugestões e dar instrução. Esse é o trabalho da mãe. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 143. Ter horas regulares para dormir OC 66 4 Quão predominante é o hábito de transformar o dia em noite e a noite em dia! Muitos jovens dormem profundamente de manhã, quando deviam estar de pé com os primeiros pássaros que cantam e estar em movimento quando toda a natureza está desperta. -- The Youth's Instructor, 7 de Setembro de 1893. OC 66 5 Alguns jovens são muito contrários à ordem e disciplina. Não respeitam as regras do lar, não se levantando à hora regular. OC 66 6 Ficam na cama algumas horas depois do romper do dia, quando todos deviam estar em atividade. Ficam acordados até altas horas da noite, dependendo de luz artificial para substituir a luz que a natureza proveu nas horas propícias. Assim fazendo não somente desperdiçam preciosas oportunidades, mas causam despesas extras. Mas em quase todos os casos é dada a desculpa: "Não posso terminar meu trabalho; tenho algo a fazer; não me posso deitar cedo." Os preciosos hábitos de ordem são quebrados, e os momentos assim gastos ociosamente na primeira parte da manhã descontrolam as coisas durante todo o dia. OC 67 1 Nosso Deus é um Deus de ordem e quer que Seus filhos desejem pôr-se em ordem sob Sua disciplina. Não seria melhor, portanto, romper com esse hábito de transformar a noite em dia, e as frescas horas matinais em noite? Se os jovens formassem o hábito de regularidade e ordem, melhorariam a saúde, o espírito, a memória e a disposição. É dever de todos observar regras estritas em seus hábitos de vida. Queridos jovens, isso é para o vosso próprio bem, tanto física como moralmente. Ao vos levantardes de manhã, tomai em consideração, tanto quanto possível, o trabalho que deveis realizar durante o dia. Se necessário, tomai um livrinho no qual anotar as coisas que precisam ser feitas, e determinai para vós mesmos um tempo no qual fazer vosso trabalho. -- The Youth's Instructor, 24 de Janeiro de 1897. ------------------------Capítulo 19 -- Pureza Dar instruções sobre os princípios da pureza OC 67 2 Mães cristãs, roga-vos uma mãe que reconheçais a responsabilidade que sobre vós repousa. Ensinai vossos filhos desde o berço a praticar a abnegação e o domínio próprio. Criai-os para ter constituição sadia e boa moral. Impressionai-lhes a mente susceptível com a verdade de que Deus não determinou que vivamos meramente para a satisfação presente, mas para o nosso bem final. Essas lições serão como semente semeada em solo fértil e produzirão um fruto que vos alegrará o coração. -- Manuscrito 44, 1900. OC 67 3 Para que protejam seus filhos das influências corruptoras, os pais devem instruí-los nos princípios da pureza. As crianças, que formam hábitos de obediência e domínio próprio no lar, terão pouca dificuldade na vida escolar, escaparão de muitas tentações que assediam os jovens. Os pais devem ensinar seus filhos a serem fiéis a Deus sob todas as circunstâncias e em todos os lugares. Cerquem-nos de influências que tendam a fortalecer o caráter. Com tal disciplina, as crianças, quando mandadas à escola, não serão causa de perturbação ou ansiedade. Serão um apoio aos professores, e exemplo e animação aos condiscípulos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 150. Exercer contínua vigilância OC 68 1 Os pais e os tutores devem manter, eles mesmos, pureza de coração e de vida, se quiserem que os filhos sejam puros. Devem dar a necessária instrução e, além disso, exercer contínua vigilância. Cada dia novos pensamentos despertam na mente dos jovens, fazem-se novas impressões em seu coração. As associações que formam, os livros que lêem, os hábitos que acariciam -- todos devem ser vigiados. -- The Signs of the Times, 25 de Maio de 1882. Conservar o lar puro e atraente OC 68 2 O lar deve ser conservado puro e limpo. Cantos sujos e negligenciados na casa tenderão a formar recantos impuros e negligenciados na alma. Mães, vós sois as educadoras de vossos filhos, e muito podereis fazer se começardes cedo a inculcar pensamentos puros, arrumando-lhes os quartos de maneira asseada, que revele bom gosto, e atraente. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 142, 143. Cuidado com as companhias OC 68 3 Se os pais desejam que os filhos sejam puros, devem rodeá-los de companhias puras, que Deus possa aprovar. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 142. OC 68 4 Com que cuidado devem os pais proteger os filhos de hábitos descuidados, frouxos, corruptores! Pais e mães, reconheceis a importância da responsabilidade que sobre vós repousa? Permitis que vossos filhos andem em companhia de outras crianças sem estardes presentes para saber que espécie de educação estão recebendo? Não os deixeis sozinhos com outras crianças. Dai-lhes o vosso cuidado especial. Sabei, cada noite, onde estão e o que estão fazendo. São puros em todos os seus hábitos? Foram por nós instruídos nos princípios de pureza moral? Se negligenciastes ensiná-los mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, não deixeis passar outro dia sem lhes confessardes vossa negligência em fazê-lo. Dizei-lhes que quereis agora fazer o trabalho que Deus vos designou. Pedi-lhes que empreendam convosco a reforma. -- Manuscrito 119, 1901. OC 68 5 Vizinhos podem permitir aos filhos virem à vossa casa passar a tarde e a noite com vossos filhos. Eis aqui uma prova e uma escolha para vós, correr o risco de ofender os vizinhos, enviando seus filhos para casa, ou agradar-lhes deixando-os dormir com vossos filhos, e assim expondo-os a serem instruídos naquele conhecimento que para eles seria uma maldição por toda a vida. Para evitar que meus filhos se corrompam, não lhes tenho permitido dormir na mesma cama, ou no mesmo quarto com outros meninos, e quando a ocasião o exige, ao viajar, tenho feito para eles uma cama humilde no soalho, de preferência a tê-los dormindo com outros. Tenho procurado evitar que andem em companhia de meninos grosseiros e rudes, e lhes tenho apresentado incentivos para lhes tornar a ocupação em casa alegre e feliz. Conservando-lhes a mente e as mãos ocupadas, pouco tempo ou disposição têm tido para brincar na rua com outros meninos e obter uma educação de rua. -- A Solemn Appeal, 56. Barreiras contra a sensualidade OC 69 1 Os que têm sob sua responsabilidade a propriedade de Deus, na alma e no corpo das crianças formadas à Sua imagem, devem levantar barreiras contra a condescendência sensual da época, que está arruinando a saúde física e moral de milhares de pessoas. Se muitos dos crimes desta época fossem seguidos até a sua verdadeira causa, ver-se-ia serem atribuíveis à ignorância dos pais e mães indiferentes nesse assunto. A própria vida e a saúde estão sendo sacrificadas a essa lamentável ignorância. OC 69 2 Pais, se deixardes de dar a vossos filhos a educação que Deus tornou vosso dever proporcionar-lhes, deveis responder diante dEle pelos resultados. Esses resultados não se limitarão meramente aos vossos filhos. Como um único cardo que se permita crescer no campo produz uma colheita de sua espécie, assim operarão os pecados resultantes de vossa negligência para arruinar a todos os que entram na esfera de sua influência. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. Encher a mente com imagens de pureza OC 69 3 A vida cristã é uma vida de constante abnegação e domínio próprio. Essas são as lições a serem ensinadas às crianças desde a infância. Ensinai-lhes que devem praticar a temperança, a pureza de pensamentos, de coração e de ações, e que pertencem a Deus porque foram compradas por preço, a saber, o precioso sangue de Seu querido Filho. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 145. OC 69 4 Se na tenra infância a mente dos filhos se encher de imagens agradáveis de verdade, de pureza e bondade, formar-se-á um gosto pelo que é puro e elevado, e sua imaginação não se tornará facilmente corrompida ou poluída. Ao passo que, seguindo o procedimento oposto, se a mente dos pais se demorar continuamente sobre cenas baixas, se sua conversa se prolongar sobre aspectos objetáveis de caráter, se formam o hábito de falar, queixando-se do rumo que outros têm seguido, os pequeninos tirarão lições das palavras e expressões de desprezo, e seguirão o pernicioso exemplo. Como a nódoa da lepra, o mal impresso, a eles se apegará na vida posterior. OC 70 1 A semente semeada na infância pela mãe cuidadosa e temente a Deus, torna-se árvore de justiça, que florescerá e dará frutos; e as lições dadas por um pai temente a Deus, por preceito e pelo exemplo, como no caso de José, mais tarde produzirão abundante colheita. -- Good Health, Janeiro de 1880. ------------------------Capítulo 20 -- Prestatividade Ensinar as crianças a serem prestativas OC 70 2 Na escola do lar, as crianças devem ser ensinadas a cumprir os deveres práticos da vida diária. Enquanto ainda são pequenas, deve a mãe dar-lhes alguma tarefa simples a fazer, cada dia. Levará mais tempo para os ensinar do que fazê-la ela própria; mas lembre-se de que deve, para a formação do caráter delas lançar o fundamento da prestatividade. Lembre-se de que o lar é a escola em que ela é a mestra principal. Toca-lhe ensinar aos filhos a cumprir os deveres da casa, pronta e habilmente. Tão cedo quanto possível, na vida deles, devem ser ensinados a participar dos encargos do lar. Desde a infância, ensinem-se os meninos e meninas a enfrentar cada vez mais pesados encargos, auxiliando inteligentemente na obra da sociedade familiar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 122. Tolerar os erros infantis OC 71 1 Milhares, em sua própria casa, são deixados quase sem educação. "Dá tanto trabalho", diz a mãe. "Prefiro eu mesma fazer essas coisas; dá tanto trabalho; você me amola." Não se lembrará a mãe de que ela mesma teve de aprender nos jotas e nos tis, antes de poder ser útil? É um erro para com a criança recusar ensinar-lhe pouco a pouco. Conservai essas crianças convosco. Deixai-as fazer perguntas, respondendo-as com paciência. Dai aos vossos filhinhos algo a fazer, deixando-os ter a felicidade de supor que vos ajudam. OC 71 2 Não deve haver repulsa a vossos filhos quando procuram fazer coisas apropriadas. Se cometem erros, se ocorrem acidentes e as coisas se quebram, não os censureis. Toda a sua vida futura depende da educação que lhes dais nos anos da infância. Ensinai-lhes que todas as faculdades do corpo e da mente lhes foram dadas para serem usadas, e que todas pertencem ao Senhor e devem ser votadas ao Seu serviço. A algumas dessas crianças o Senhor dá uma indicação precoce de Sua vontade. Pais e professores, começai cedo a ensinar vossos filhos a cultivarem as faculdades que Deus lhes deu. -- Carta 104, 1897. Deixar as crianças partilharem dos encargos da casa OC 71 3 Tornai agradável a vida de vossos filhos, ensinando-os ao mesmo tempo a serem obedientes e prestativos, assumindo pequenos encargos, enquanto vós assumis os maiores. Educai-os nos hábitos da operosidade, para que o inimigo não faça de sua mente uma oficina. Dai aos vossos filhos algo para pensar, algo a fazer, para que possam estar habilitados para a utilidade nesta vida e na vida futura. -- Manuscrito 62, 1901. OC 71 4 Desde os primeiros anos, devem ser ensinados a desempenhar sua parte nos encargos do lar. Deve-lhes ser ensinado que as obrigações são mútuas. Também devem ser ensinados a trabalhar com rapidez e correção. Essa educação ser-lhes-á do maior valor em anos posteriores. -- The Signs of the Times, 11 de Dezembro de 1901. OC 71 5 Cada membro da família deve compreender exatamente a parte que dele se espera em união com os outros. Todos, desde a criança de seis anos e daí para cima, devem compreender que deles se requer que desempenhem sua parte nos encargos da vida. -- Testimonies for the Church 2:700. Fonte de experiência e prazer OC 71 6 Quão importante seria que os pais e as mães dessem aos filhos, já desde a infância, a devida instrução! Devem-lhes ensinar a obedecer ao mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor, teu Deus, te dá". Êxodo 20:12. OC 72 1 E ao ficarem mais velhos, os filhos devem apreciar o cuidado que os pais lhes dispensarem. Devem encontrar seu maior prazer em ajudar o pai e a mãe. -- Manuscrito 129, 1903. Certo encanto pode cercar o trabalho mais humilde OC 72 2 Caso se ensinassem os filhos a considerar a humilde rotina dos trabalhos diários como o rumo para eles determinado pelo Senhor, como uma escola na qual devam ser treinados para prestar trabalho fiel e eficiente, quanto mais agradável e honroso pareceria ser seu trabalho! Realizar qualquer dever como ao Senhor, enche de encanto a ocupação mais humilde, e liga os obreiros da Terra com os seres santos que fazem a vontade de Deus, no Céu. E, no lugar que nos for designado, devemos desempenhar nossos deveres com a mesma fidelidade com que os anjos o fazem na sua esfera mais elevada. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910. ------------------------Capítulo 21 -- Operosidade Salvaguarda para a juventude OC 72 3 Uma das mais seguras salvaguardas da juventude é a ocupação útil. As crianças que são instruídas nos hábitos de trabalho, de maneira que todas as suas horas sejam útil e agradavelmente empregadas, não têm inclinação para queixar-se de sua sorte, nem tempo para ociosas ilusões. Correm pouco perigo de adquirir hábitos perniciosos ou andar em más companhias. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 122. OC 72 4 Há um valor indescritível no trabalho. Ensinem-se as crianças a fazer alguma coisa útil. Mais que sabedoria humana é necessária para que possam os pais compreender como melhor educar seus filhos para uma vida útil e feliz aqui, e para um serviço mais elevado e maior alegria na vida futura. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 125. Tarefas apropriadas à idade e aptidão OC 73 1 Desde a infância, as crianças devem ser ensinadas a fazer as coisas apropriadas à sua idade e aptidão. Os pais devem encorajar agora os filhos a serem mais independentes. Sérias dificuldades logo se verão na Terra, e as crianças devem ser ensinadas de tal maneira que as possam enfrentar. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. OC 73 2 Ensinai os vossos filhos a serem úteis, a assumir responsabilidades de acordo com a sua idade; então o hábito de trabalhar tornar-se-á para eles uma segunda natureza, e o trabalho útil nunca parecerá penoso e ingrato. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. O fruto da ociosidade OC 73 3 Os pais não podem cometer maior pecado do que negligenciar a responsabilidade que Deus lhes deu, deixando os filhos sem nada para fazer; pois esses filhos logo aprenderão a amar a ociosidade e ao crescerem serão homens e mulheres desamparados e inúteis. Ao terem idade suficiente para ganhar a vida, e entrarem no trabalho, agirão de maneira preguiçosa e pensarão que o pagamento será o mesmo se andarem ociosamente todo o tempo, que se trabalharem fielmente. Há a máxima diferença entre esta classe de trabalhadores e a que reconhece que deve ser um mordomo fiel. Seja qual for o ramo de trabalho em que se empenhem, os jovens devem ser diligentes no cuidado, fervorosos no espírito, servindo ao Senhor; pois o que é infiel no mínimo também é infiel no muito. -- Manuscrito 117, 1899. OC 73 4 Se as crianças tiverem a devida educação no lar, não se encontrarão nas ruas recebendo a educação imprópria que tantos recebem. Os pais que amam aos filhos de maneira sensível, não lhes permitirão crescer com hábitos de ociosidade e ignorantes quanto à maneira de desempenharem os deveres domésticos. A ignorância não é aceitável a Deus, e não favorece o fazer a Sua obra. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 149. O sábio uso do tempo OC 73 5 Onde há abundância de ociosidade, Satanás opera com suas tentações para estragar a vida e o caráter. Se os jovens não forem preparados para o trabalho útil, sejam ricos ou pobres, estarão em perigo, pois Satanás encontrará ocupação para eles segundo a sua ordem. O jovem, que não está entrincheirado nos princípios, não considera o tempo como um tesouro precioso, um depósito de Deus, do qual todo ser humano deve dar conta. -- Manuscrito 43, 1900. OC 73 6 As crianças devem ser ensinadas a fazer o melhor uso do seu tempo, a ser um auxílio ao pai e à mãe, a confiarem em si mesmas. Não se lhes deve permitir considerarem-se isentas de qualquer trabalho necessário. -- Carta 11, 1888. OC 74 1 O valor do tempo supera todo o resultado. O tempo desperdiçado jamais poderá ser recuperado. ... O aproveitamento dos momentos perdidos é um tesouro. -- Manuscrito 117, 1899. Vencer todo hábito de indolência OC 74 2 Em Sua Palavra, Deus delineou um plano para a educação da criança, e os pais devem seguir esse plano. Devem ensinar os filhos a vencer todo o hábito de indolência. A cada criança se deve ensinar que tem um trabalho a fazer no mundo. -- Manuscrito 98, 1901. OC 74 3 A ociosidade e a indolência não são frutos produzidos pela árvore cristã. -- Manuscrito 24, 1894. OC 74 4 A indolência é uma grande maldição. Deus abençoou as criaturas humanas com nervos, órgãos e músculos; e não se lhes deve permitir que se deteriorem devido à inação, antes devem ser fortalecidos e conservados sadios pelo exercício. Nada ter a fazer é uma grande infelicidade, pois a ociosidade sempre foi e sempre será uma maldição para a família humana. -- Manuscrito 60, 1894. OC 74 5 Filhos, nunca vos demonstreis mordomos infiéis no lar. Nunca vos esquiveis de vosso dever. O trabalho bom e árduo faz nervos e músculos firmes. Promovendo a prosperidade do lar, trareis sobre vós as mais ricas bênçãos. -- Manuscrito 117, 1899. Por que trabalhar antes de brincar OC 74 6 Minha mãe me ensinou a trabalhar. Eu costumava perguntar-lhe: "Por que sempre devo fazer tanto trabalho antes de brincar?" "É para educar e treinar tua mente para o trabalho útil, e, além disso, é para evitar travessuras; e quando ficares mais velha, me agradecerás por isso." Quando uma das minhas meninas [uma neta] me disse: "Por que devo eu fazer tricô?" "As vovós fazem tricô", respondi-lhe: "Pode me dizer como as vovós aprenderam a tricotar?" "Ora, elas começaram quando eram meninas." -- Manuscrito 19, 1887. O valor do programa diário OC 74 7 Tanto quanto possível, é bom considerar o que deve ser realizado durante o dia. Fazei uma lista dos diferentes deveres que aguardam a vossa atenção e ponde de parte certo tempo para a realização de cada um deles. Faça-se tudo completamente e com correção e desenvoltura. Se vos tocar a sorte de fazer arrumação, então cuidai de que os quartos estejam bem arejados e a roupa de cama seja exposta ao sol. Marcai uma certa quantidade de minutos para fazer o trabalho, e não pareis para ler os jornais e livros em que os vossos olhos recaem, mas dizei a vós mesmos: "Não, só tenho tantos minutos para fazer o trabalho e devo realizar minha tarefa no tempo determinado." OC 75 1 Os que naturalmente são vagarosos nos movimentos, procurem tornar-se ativos, ligeiros, enérgicos, lembrando-se das palavras do apóstolo: "Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:11. OC 75 2 Se vos couber preparar as refeições, fazei cálculos cuidadosos e tomai todo o tempo necessário para preparar o alimento e pô-lo na mesa em boa ordem e no tempo exato. Ter a refeição pronta cinco minutos mais cedo do que o tempo que estabelecestes, é mais recomendável do que tê-la cinco minutos mais tarde. Mas se fordes dominados por movimentos vagarosos, demorados, se vossos hábitos forem preguiçosos, fareis um trabalho comprido de um trabalho curto; e é dever dos que são vagarosos reformar-se e tornar-se mais rápidos. Se quiserem, poderão vencer seus hábitos atrapalhados e lentos. Ao lavarem a louça, devem ser cuidadosos, fazendo ao mesmo tempo o trabalho depressa. Exercitai a vontade até esse ponto, e as mãos se moverão com desenvoltura. -- The Youth's Instructor, 7 de Setembro de 1893. Unir o físico com o mental OC 75 3 Quando mandavam algumas crianças hospedar-se com minha família, e estas diziam: "Mamãe não quer que eu lave a minha roupa", eu dizia: "Bem, quer que façamos isso para vocês e lhes cobremos meio dólar a mais pela hospedagem?" "Oh, não! Mamãe não quer pagar nem um pouco mais por mim." "Bem, então", dizia eu, "então você pode levantar-se de manhã e fazer isso você mesma. Deus nunca determinou que você fosse servida por nós. Em vez de sua mãe se levantar e preparar o desjejum de manhã, enquanto você está na cama, você é que deveria dizer: 'Mamãe, não se levante de manhã, eu tomarei conta dessas responsabilidades e cumprirei os deveres.' Deve deixar aqueles cujos cabelos estão ficando grisalhos terem seu descanso de manhã." OC 75 4 Por que não é assim? Onde está a dificuldade? Está com os pais que deixam os filhos crescerem sem assumirem qualquer responsabilidade na família. Quando essas crianças saem para a escola, dizem: "Mamãe diz que não quer que eu trabalhe." Essas mães são insensatas. Estragam os filhos e então os mandam para a escola para estragá-la. ... A melhor disciplina que eles podem ter é o trabalho. Não é mais difícil para eles do que para suas mães. Uni o trabalho físico ao mental, e as faculdades da mente se desenvolverão muito mais. -- Manuscrito 19, 1887. Inventar meios OC 76 1 Os pais devem inventar maneiras e meios para conservar os filhos ocupados com o que é útil. Dêem-se às crianças pequenos pedaços de terra para cultivar, para que tenham algo para dar como oferta voluntária. -- Manuscrito 67, 1901. OC 76 2 Permiti-lhes ajudar-vos em toda a maneira possível, e mostrai-lhes que apreciais o seu auxílio. Sintam eles que são parte da sociedade familiar. Ensinai-lhes a usar a mente tanto quanto possível, para que possam planejar o trabalho a fim de fazê-lo rápida e perfeitamente. Ensinai-lhes a serem vivos e ativos no trabalho, a economizarem o tempo de modo que nenhum minuto se perca nas horas de trabalho que lhes são determinadas. -- Manuscrito 60, 1903. O trabalho é nobre OC 76 3 Ensinemos os pequeninos a nos ajudarem enquanto suas mãos são pequenas e pouca é sua força. Impressionemos-lhes a mente com o fato de que o trabalho é nobre, de que foi ordenado ao homem pelo Céu, que foi imposto a Adão no Éden como sendo essencial para o desenvolvimento saudável da mente e do corpo. Ensinemos-lhes que o prazer inocente não é nem a metade tão satisfatório como o é quando segue ao trabalho ativo. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. ------------------------Capítulo 22 -- Diligência e perseverança Satisfação nas tarefas terminadas OC 76 4 As crianças freqüentemente começam um trabalho com entusiasmo; mas ficando perplexas ou cansadas dele, desejam mudar e lançar mão de alguma coisa nova. Assim podem empreender várias coisas, ficar um pouco desanimadas e abandoná-las. Desse modo passam de uma coisa para outra, nada aperfeiçoando. Os pais não devem permitir que o amor à mudança domine os filhos. Não devem estar tão empenhados em outras coisas que não tenham tempo para disciplinar pacientemente os espíritos em desenvolvimento. Algumas palavras de encorajamento ou um pequeno auxílio no devido tempo podem fazê-los transpor a dificuldade e o desânimo; e a satisfação de ver a tarefa que empreenderam estimulá-los-á a maiores esforços. OC 77 1 Muitos filhos, por falta de palavras de ânimo e um pouco de assistência em seus esforços, ficam desanimados e mudam de uma coisa para outra, e levam consigo esse triste defeito na vida madura. Deixam de tornar um êxito qualquer coisa em que se empenham, pois não foram ensinados a perseverar sob circunstâncias desanimadoras. Assim toda a vida de muitas pessoas se demonstra um fracasso, porque não tiveram a correta disciplina quando eram novas. A educação recebida na infância e na juventude afeta toda a sua carreira comercial na vida madura, e sua experiência religiosa leva cunho correspondente. -- Testimonies for the Church 3:147, 148. Os hábitos de indolência permanecem OC 77 2 As crianças que foram mimadas e servidas sempre esperam por isso; e se suas esperanças não forem satisfeitas, ficam desapontadas e desanimadas. Essa mesma disposição ver-se-á em toda a sua vida; serão impotentes, dependendo do auxílio dos outros, esperando que os demais as favoreçam e cedam diante delas. E se forem contrariadas, mesmo depois de terem chegado ao estado de homens e mulheres, sentem-se maltratadas; e assim lamentam seu caminho pelo mundo, dificilmente podendo levar seu próprio fardo, murmurando e se afligindo porque nada lhes agrada. -- Testimonies for the Church 1:392, 393. Hábitos de perfeição OC 77 3 Da mãe devem as crianças aprender hábitos de limpeza, perfeição e desenvoltura. Consentir que a criança leve uma hora ou duas para fazer certa porção de trabalho, que facilmente poderia ser feita em meia hora, é consentir em que adquira hábitos de lentidão. Hábitos de laboriosidade e perfeição serão uma bênção indizível aos jovens na escola mais ampla da vida, para a qual deverão entrar quando forem mais velhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 122, 123. Conselho especialmente para as meninas OC 77 4 Outro defeito que me tem causado muito incômodo e dificuldade é o hábito que algumas meninas têm de deixar a língua solta, perdendo o precioso tempo conversando sobre coisas inúteis. Enquanto as meninas dão atenção à conversa, seu trabalho se atrasa. Essas questões têm sido consideradas coisas pequenas, que não merecem ser notadas. Muitas pessoas se enganam quanto ao que constitui uma coisa pequena. As coisas pequenas têm importante relação para com o grande todo. O Senhor não menospreza as coisas infinitamente pequenas que se relacionam com o bem-estar da família humana. -- The Youth's Instructor, 7 de Setembro de 1893. A importância das "coisas pequenas" OC 78 1 Nunca subestimeis a importância das coisas pequenas. As coisas pequenas suprem a verdadeira disciplina da vida. É por elas que a alma é educada para poder crescer à semelhança de Cristo, ou trazer a semelhança do mal. Deus nos ajude a cultivar hábitos de pensamento, palavras, olhar e ação, que dêem testemunho a todos os que nos cercam de que temos estado com Jesus e dEle aprendido! -- The Youth's Instructor, 9 de Março de 1893. Tornar os erros um passo para a frente OC 78 2 Ensine-se às crianças e aos jovens que todo o erro, toda falta, toda a dificuldade vencidos, se tornam um degrau no acesso a coisas melhores e mais elevadas. É mediante tais experiências que todos os que tornaram a vida digna de ser vivida conseguiram êxito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 60. ------------------------Capítulo 23 -- Abnegação, desprendimento e ponderação Lições necessárias em cada lar OC 79 1 Em todo lar devem ser ensinadas lições de abnegação. Pais e mães, ensinai vossos filhos a economizar. Animai-os a poupar suas moedinhas, para o trabalho missionário. Cristo é nosso exemplo. Por nossa causa Ele Se fez pobre, a fim de que, pela Sua pobreza, enriquecêssemos. Ele ensinou que todos devem agregar-se com amor e unidade, para trabalhar como Ele trabalhava, para fazer sacrifícios como Ele fazia, para amar como filhos de Deus. -- Testemunhos Selectos 3:349. OC 79 2 Aprendei a lição da renúncia, e ensinai-a aos vossos filhos. Tudo quanto pode ser poupado pela abnegação é agora preciso na obra a ser feita. Os sofredores devem ser aliviados, vestidos os nus, alimentados os famintos; a verdade para este tempo deve ser comunicada aos que a ignoram. -- Mensagens aos Jovens, 314. O sacrifício deve tornar-se habitual OC 79 3 Por preceito e pelo exemplo, ensinai abnegação, economia, generosidade e confiança em si mesmo. Todos os que têm um caráter verdadeiro serão habilitados a vencer as dificuldades, e prontos a seguir o "Assim diz o Senhor". Os homens não estarão preparados para compreender sua obrigação para com Deus, enquanto não tiverem aprendido, na escola de Cristo, a tomar o Seu jugo de restrição e obediência. O sacrifício é o próprio início de nossa obra de levar avante a verdade e estabelecer as instituições. É parte essencial da educação. O sacrifício deve tornar-se habitual em toda a edificação de nosso caráter nesta vida, se quisermos ter um edifício não feito por mãos, eterno nos Céus. -- Testimonies for the Church 6:214. Um cofre de abnegação OC 79 4 As crianças devem ser educadas a negar a si mesmas. Certa vez, quando falava em Nashville, o Senhor deu-me luz sobre este assunto. Ocorreu-me, repentinamente, com grande força que em cada lar deveria haver um cofre de abnegação, e que, nesse cofre, deviam as crianças ser ensinadas a colocar as moedas que de outro modo gastariam em doces e outras coisas desnecessárias. ... OC 79 5 Verificareis que, ao colocarem as crianças as moedas nesses cofres, alcançarão uma grande bênção. ... Cada membro da família, do mais velho ao mais novo, deve praticar a abnegação. -- The Review and Herald, 22 de Junho de 1905. Crianças não devem ser o centro de atração OC 79 6 As crianças de dois a quatro anos de idade não devem ser animadas a pensar que devem ter tudo que pedem. Devem os pais ensinar-lhes lições de abnegação e nunca tratá-las de tal maneira que as leve a pensar que são o centro, e que tudo gira ao seu redor. OC 80 1 Muitos filhos herdaram dos pais o egoísmo, mas estes devem procurar desarraigar de sua natureza cada fibra dessa má tendência. Cristo deu muitas reprovações aos que eram cobiçosos e egoístas. À primeira exibição de traços de caráter egoístas, seja na sua presença, ou quando estão na companhia de outras crianças, os pais devem procurar restringir esses traços de caráter dos filhos. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. OC 80 2 Alguns pais dedicam demasiado tempo e atenção para distrair os filhos, mas estes devem ser acostumados a se divertirem a si próprios, a exercer seu próprio engenho e habilidade. Assim aprenderão a estar satisfeitos com prazeres simples. Devem ser ensinados a sofrer corajosamente seus pequeninos desapontamentos e provações. Em lugar de chamar a atenção para toda dorzinha ou insignificante ferimento, distraí-lhes a mente, ensinai-lhes a passar por alto esses aborrecimentos e pequenos mal-estares. -- A Ciência do Bom Viver, 389. A graça do esquecimento próprio OC 80 3 Uma das características que devem ser especialmente acariciadas, e cultivadas em toda a criança, é aquele esquecimento de si mesmo que comunica à vida certa graça inconsciente. De todas as excelentes qualidades de caráter, esta é uma das mais belas, e para todo o verdadeiro trabalho é uma das mais essenciais qualificações. -- Educação, 237. OC 80 4 Estudai a maneira como ensinar as crianças a terem consideração para com os outros. Cedo deve ficar a juventude acostumada à submissão, renúncia e consideração pela felicidade de outrem. Devem ser ensinados a subjugar seu temperamento repentino, a conter a palavra apaixonada, a manifestar invariável bondade, cortesia e domínio próprio. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 123, 124. OC 80 5 Quão cuidadosamente devem os pais lidar com os filhos para anular cada inclinação para o egoísmo! Devem sugerir cuidadosamente os meios pelos quais os filhos possam pensar nos outros e aprender a fazer as coisas para seu pai e sua mãe, que tudo estão fazendo por eles. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. ------------------------Capítulo 24 -- Economia e simplicidade Eliminar hábitos extravagantes OC 81 1 Ensinai a vossos filhos que Deus tem reivindicações sobre todas as suas posses e que nada jamais as poderá cancelar. Tudo que têm lhes pertence apenas em confiança; para provar se serão obedientes. O dinheiro é um tesouro necessário; não seja ele dissipado com os que dele não necessitam. Alguém necessita de vossas dádivas voluntárias. ... Se tiverdes hábitos extravagantes, extirpai-os da vida o mais breve possível. A menos que o façais, estareis falidos para a eternidade. E os hábitos de economia, trabalho e sobriedade são, mesmo neste mundo, melhor porção para vós e vossos filhos que um rico dote. -- Manuscrito 139, 1898. Ensinar economia aos filhos OC 81 2 A luz que Deus agora me deu é a de que devemos ter o cuidado de não gastar nosso precioso tempo e dinheiro imprudentemente. Muitas coisas podem agradar à nossa fantasia, mas devemos abster-nos de gastar dinheiro com aquilo que não é pão. Necessitaremos de muitos recursos para fazer a obra avançar decididamente em nossas cidades. Cada um deve ter uma parte a desempenhar na obra do Senhor. Os pais devem dar aos filhos lições de economia, para que os membros mais novos do rebanho possam aprender a partilhar da responsabilidade de sustentar a causa de Deus neste tempo. -- Carta 4, 1911. O amor não é expresso pela extravagância OC 81 3 Praticai a economia em vossos lares. Muitas pessoas amam e adoram ídolos. Lançai fora vossos ídolos. Abandonai vossos prazeres egoístas. Rogo-vos, não absorvais os meios com o embelezamento de vossas casas; pois é o dinheiro de Deus e de vós será requerido novamente. Pais, por amor de Cristo, não useis o dinheiro do Senhor para satisfazer os caprichos de vossos filhos. Não lhes ensineis a procurar a moda e a ostentação para obterem uma influência no mundo. ... Não ensineis vossos filhos a pensar que vosso amor por eles deve ser expresso pela condescendência com seu orgulho, extravagância, amor à exibição. Não há tempo agora para inventar maneiras de usar o dinheiro. Vossas faculdades inventivas devem ser postas à prova, para ver como podereis economizar. -- Manuscrito 139, 1898. A lição de Cristo sobre economia OC 82 1 Há na alimentação dos cinco mil uma lição para nós. Lição que se aplica especialmente aos tempos em que somos postos em circunstâncias difíceis e compelidos a praticar estrita economia. Tendo operado um milagre, satisfeito a fome da multidão, Cristo cuidou de que o alimento restante não fosse desperdiçado. -- Manuscrito 3, 1912. OC 82 2 Disse aos discípulos: "Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca." João 6:12. Embora tivesse todo o recurso do Céu à Sua disposição, não suportava que nem mesmo uma migalha de pão fosse desperdiçada. -- Carta 20a, 1893. Não jogar fora o que é útil OC 82 3 Coisa alguma que possa ser utilizada deve ser lançada fora. Isso exigirá sabedoria, premeditação e cuidado constante. Foi-me apresentado que a incapacidade para economizar nas coisas pequenas é uma das razões de muitas famílias sofrerem a falta das coisas necessárias da vida. -- Manuscrito 3, 1912. Nunca aprenderam a economizar OC 82 4 Há muito trabalho a fazer para o Mestre, e homens que hoje poderiam estar ocupando posições elevadas em relação com a obra de Deus têm fracassado porque nunca aprenderam a economizar. Não limitaram seus desejos aos rendimentos, ao entrarem na obra, e seus hábitos de dissipação motivaram a ruína de sua utilidade na causa. -- Carta 48, 1888. O uso correto do dinheiro OC 82 5 Que se ensine cada jovem e criança não simplesmente a resolver problemas imaginários, mas a fazer com precisão as contas de seus próprios ganhos e gastos! Que aprenda o devido uso do dinheiro, usando-o! Quer seja suprido por seus pais, quer seja ganho por eles mesmos, aprendam os moços e as moças a escolher e comprar sua própria roupa, seus livros e outras coisas necessárias; e fazendo um registro de suas despesas aprenderão, como não o fariam de qualquer outra maneira, o valor e o uso do dinheiro. -- Conselhos Sobre Mordomia, 294. O valor de registrar as contas OC 82 6 Ainda em tenra idade, as crianças devem ser ensinadas a ler, a escrever, a compreender os números, a fazerem suas próprias contas. Podem prosseguir passo a passo nesse conhecimento. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 168, 169. OC 83 1 Sejam as crianças ensinadas a registrar as contas. Isso as habilitará a serem exatas. O menino dissipador será o homem dissipador. A menina vã, egoísta, que só cuida de si, será a mesma espécie de mulher. Devemos lembrar-nos de que há outros jovens pelos quais somos responsáveis. Se ensinarmos aos nossos filhos hábitos corretos, por meio deles, poderemos influenciar outros. -- Carta 11, 1888. ------------------------Capítulo 25 -- Simplicidade Educar com simplicidade natural OC 83 2 Os pequeninos devem ser educados com uma simplicidade infantil. Devem ser ensinados a estar contentes com os pequenos e úteis deveres e com os prazeres e experiências próprios de sua idade. As crianças correspondem à erva da parábola, e a erva tem uma beleza toda peculiar. As crianças não devem ser forçadas a uma maturidade precoce, mas, tanto quanto possível, devem reter a frescura e graça de seus tenros anos. Quanto mais calma e simples a vida da criança, isto é, mais livre de estímulos artificiais e mais de acordo com a natureza, mais favorável é para o vigor físico e mental e para a força espiritual. -- Educação, 107. OC 83 3 Devem os pais, pelo seu exemplo, incentivar a formação de atos de simplicidade e afastar os filhos de uma vida artificial para uma vida natural. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1884. As crianças mais atraentes OC 84 1 As crianças que são naturais e não afetadas são mais atraentes. Não é prudente ter as crianças em especial consideração. Não deve ser encorajada a vaidade louvando seu aspecto, suas palavras ou ações. Tampouco devem vestir-se de maneira cara ou pomposa. Isso alimenta nelas o orgulho e desperta inveja no coração de seus companheiros. Ensinai às crianças que o verdadeiro adorno não é o exterior. "O enfeite... não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes; mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus." 1 Pedro 3:3, 4. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 141. O segredo do verdadeiro encanto OC 84 2 Deve-se ensinar às moças que o verdadeiro encanto da feminilidade não consiste apenas na beleza da forma ou do aspecto, ou na posse de realizações; mas no espírito manso e quieto, na paciência, generosidade, bondade, e na prontidão para fazer algo pelos outros e sofrer por eles. Devem ser ensinadas a trabalhar, a estudar para algum propósito, a viver por algum objetivo, a confiar em Deus e a temê-Lo, e a respeitar aos pais. Assim, ao avançarem em anos tornar-se-ão mais puras, mais confiantes em si e amadas. Será impossível desprezar tal mulher. Ela escapará às tentações e provas que têm sido a ruína de tantos. -- The Health Reformer, Dezembro de 1877. Sementes de vaidade OC 84 3 Em muitas famílias, as sementes da vaidade e do egoísmo são semeadas no coração dos filhos quase durante a infância. Seus engenhosos ditos e feitos são comentados e louvados na sua presença e repetidos a outros com exagero. Os pequeninos notam isso e ficam inflados de importância própria; atrevem-se a interromper as conversas e se tornam atrevidos e insolentes. A lisonja e a condescendência alimentam-lhes a vaidade e a obstinação, até que o mais novo, com não pouca freqüência, governa toda a família, inclusive o pai e a mãe. OC 84 4 A disposição formada por esta sorte de ensino não pode ser posta de lado, ao alcançar a criança um juízo mais maduro. Cresce com seu crescimento, e o que poderia ter parecido esperteza no bebê torna-se desprezível e ímpio no homem ou mulher. Procuram governar sobre seus companheiros; e se qualquer deles recusa ceder à sua vontade, consideram-se ofendidos ou insultados. Isso se dá porque, para seu prejuízo, mostrou-se condescendência para com eles, na juventude, em vez de lhes ser ensinada a abnegação necessária para suportar as durezas e lutas da vida. -- Testimonies for the Church 4:200, 201. Não incentivar o amor ao elogio OC 85 1 As crianças necessitam receber demonstrações de apreço, simpatia, animação; mas se deve ter cuidado e não alimentar nelas o amor ao elogio. ... Os pais ou professores que tenham em vista o verdadeiro ideal do caráter, e as possibilidades de o alcançar, não podem acariciar ou estimular o sentimento de presunção. Não encorajarão nos jovens o desejo de exibir sua habilidade ou perfeição. Aquele que olha para o que é mais alto do que ele próprio há de ser humilde; contudo, possuirá aquela dignidade que não se envergonha ou se confunde ante uma exibição exterior ou grandeza humana. -- Educação, 237. Simplicidade no regime alimentar e vestuário OC 85 2 Os pais têm um dever sagrado a cumprir, ensinando os filhos a auxiliarem nos encargos do lar, a estarem contentes com alimentos singelos e simples, e vestuário limpo e pouco dispendioso. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 158. OC 85 3 Oh, se as mães e os pais reconhecessem sua responsabilidade e que têm de dar contas diante de Deus! Que mudança se operaria na sociedade! Os filhos não seriam estragados, sendo elogiados e mimados ou tornados vãos pela condescendência no vestuário. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. Ensinar simplicidade e confiança OC 85 4 Devemos ensinar aos nossos filhos lições de simplicidade e confiança. Devemos ensinar-lhes a amar, temer e obedecer ao Seu Criador. Em todos os planos e propósitos da vida, deve a Sua glória ser considerada suprema; Seu amor deve ser a mola principal de cada ação. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. Cristo nosso exemplo OC 85 5 Jesus, nosso Redentor, andou na Terra com a dignidade de um rei; era contudo manso e humilde de coração. Era uma luz e uma bênção em todo lar, porque levava alegria, esperança e coragem. Oh, que possamos ficar satisfeitos com menos anseios do coração, menos apego por coisas difíceis de serem obtidas para embelezar nossos lares, enquanto o que Deus avalia acima de jóias -- um espírito manso e quieto -- não é acariciado! A graça da simplicidade, mansidão e verdadeira afeição faria um paraíso do mais humilde lar. É melhor suportar alegremente cada inconveniência do que perder a paz e o contentamento. -- Lar Adventista, O, 155, 156. ------------------------Capítulo 26 -- Cortesia e modéstia A cortesia começa no lar OC 86 1 Pais, ensinai aos vossos filhos como se dirigirem no lar, com verdadeira delicadeza. Ensinai-lhes a mostrar bondade e ternura uns para com os outros. Não permitais que o egoísmo viva no coração ou encontre abrigo no lar. -- Manuscrito 74, 1900. OC 86 2 O jovem que cresce descuidado e rude nas palavras e nas maneiras revela o caráter de sua educação no lar. Os pais não reconhecem a importância de sua mordomia; e a sementeira que fizeram, têm também colhido. -- Manuscrito 117, 1899. Os princípios do céu devem encher o ambiente OC 86 3 Os princípios do Céu devem ser introduzidos no governo do lar. Toda criança deve ser ensinada a ser delicada, compassiva, amável, piedosa, cortês e de coração terno. -- Manuscrito 100, 1902. OC 86 4 Quando todos são membros da família real, haverá delicadeza na vida do lar. Todo o membro da família procurará torná-lo agradável para cada um dos outros membros. -- Manuscrito 60, 1903. Ensinar por preceito e exemplo OC 86 5 As crianças, bem como os de mais idade, estão expostos a tentações; e os membros mais velhos da família devem dar-lhes, por preceito e exemplo, lições de cortesia, alegria, afeto, e sobre o fiel desempenho de seus deveres diários. -- Manuscrito 27, 1896. Respeito aos idosos OC 87 1 Deus ordenou, especialmente, afetuoso respeito para com os idosos. Diz Ele: "Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça." Provérbios 16:31. Elas falam de batalhas feridas, vitórias ganhas, encargos suportados e tentações vencidas. Falam de pés fatigados próximos de seu descanso, de lugares que logo se vagarão. Ajudem às crianças a pensar nisto, e elas por meio de sua cortesia e respeito suavizarão o caminho dos que são idosos, e trarão graça e beleza a sua própria vida juvenil ao atenderem a ordem: "Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho." Levítico 19:32. -- Educação, 244. Ensinar modéstia OC 87 2 O orgulho, a presunção e a ousadia são características dos filhos de hoje e representam a maldição do século. ... Tanto no lar como na Escola Sabatina, é preciso ensinar às crianças as mais sagradas lições de modéstia e humildade. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 46. OC 87 3 Atendereis vós, a quem dirijo estas palavras, a instrução que vos foi dada? Aceitem os jovens a advertência: não sejam adiantados na conversa, mas modestos e retraídos. Sejam prontos a ouvir as coisas que beneficiarão a alma e vagarosos em falar, a não ser que seja para representar a Jesus e dar testemunho da verdade. Demonstrai humildade de espírito por uma conduta modesta. -- The Youth's Instructor, 11 de Julho de 1895. Um guarda da virtude OC 87 4 Acariciai a pedra preciosa e de preço incalculável da modéstia. Isso guardará a virtude. ... Sinto-me impelida pelo Espírito do Senhor a apelar a minhas irmãs que professam piedade a seguirem a modéstia de comportamento e uma discrição apropriada, com temor e sobriedade. ... Tenho perguntado: Quando as irmãs jovens agirão corretamente? Sei que não haverá nenhuma mudança decisiva para melhor enquanto os pais não perceberem a importância de exercer o maior cuidado em educar seus filhos corretamente. Ensinai-os a agir com discrição e modéstia. -- Testimonies for the Church 2:458, 459. As graças verdadeiras OC 87 5 As mais verdadeiras graças da criança consistem na modéstia e na obediência -- em ouvidos atentos para ouvir as palavras de orientação, em pés e mãos dispostos a andar e trabalhar no trilho do dever; e a verdadeira bondade da criança trará sua própria recompensa, até mesmo nesta vida. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. ------------------------Capítulo 27 -- Alegria e gratidão Uma doce influência sobre o lar OC 88 1 Sobretudo que os pais circundem os filhos de uma atmosfera de alegria, cortesia e amor. O lar onde o amor habita, e onde este se exprime em olhares, palavras e atos, é um lugar onde os anjos se deleitam em manifestar sua presença. OC 88 2 Pais, que o sol do amor, da alegria, do feliz contentamento, penetre vosso coração e sua doce e alentadora influência domine em vosso lar. Manifestai espírito bondoso, tolerante; incentivai o mesmo em vossos filhos, cultivando todas as graças que tornarão agradável a vida em família. A atmosfera assim criada será para os filhos o que o ar e a luz do Sol são para o mundo vegetal, promovendo saúde e vigor da mente, e do corpo. -- A Ciência do Bom Viver, 386, 387. Seja alegre o semblante OC 88 3 Nada há de sombrio na religião de Jesus. Embora toda a leviandade, frivolidade e zombaria que o apóstolo diz não serem convenientes devam ser estudadamente evitadas, há um doce descanso e paz em Jesus que serão expressos pelo semblante. Os cristãos não serão tristes, deprimidos e nem se desesperam. Serão serenos, no entanto demonstrarão ao mundo uma alegria que somente a graça pode comunicar. -- The Review and Herald, 15 de Abril de 1884. OC 88 4 As crianças são atraídas por uma atitude alegre e radiante. Mostrai-lhes bondade e cortesia, e manifestarão o mesmo espírito para convosco, e umas para com as outras. -- Educação, 240. OC 88 5 Educai a alma na alegria, na gratidão, e na expressão de agradecimento para com Deus pelo grande amor com que nos amou. ... A alegria cristã é a própria beleza da santidade. -- The Youth's Instructor, 11 de Julho de 1895. Palavras agradáveis e alegres OC 89 1 As palavras agradáveis e alegres não custam mais que as desagradáveis e mal-humoradas. Não gostais de que vos digam palavras ásperas? Lembrai-vos de que, quando falais palavras dessa natureza, os outros sentem a aguda picada. ... Pais, trazei a piedade prática para o lar. Os anjos não são atraídos para um lar em que reina a discórdia. Ensinai vossos filhos a falar palavras que tragam luz e alegria. -- The Review and Herald, 31 de Dezembro de 1901. Alegre disposição de espírito OC 89 2 Se há alguém que deve ser continuamente grato, esse é o cristão. Se há alguém que desfruta felicidade, mesmo nesta vida, é o fiel seguidor de Jesus Cristo. É dever dos filhos de Deus serem alegres. Devem conservar alegre disposição de espírito. Deus não pode ser glorificado quando Seus filhos vivem continuamente na penumbra e lançando sombra onde quer que vão. O cristão deve lançar luz em vez de sombra. ... Terá um semblante alegre. -- The Review and Herald, 28 de Abril de 1859. OC 89 3 As crianças odeiam as sombrias nuvens de tristeza. Seu coração corresponde à vivacidade, alegria e amor. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 98. É preciso sorrir OC 89 4 Alguns pais, e alguns professores também, parecem esquecer-se de que eles mesmos alguma vez foram crianças. Tomam ares de dignidade, são frios e insensíveis. ... Seu rosto habitualmente traz uma expressão solene, de reprovação. A vivacidade ou inconstância infantis, a irrequieta atividade da jovem vida, não encontram desculpa aos seus olhos. As pequenas infrações são tratadas como graves pecados. Tal disciplina não se assemelha à de Cristo. As crianças educadas desse modo temem os pais e os professores, mas não os amam; não lhes confiam suas experiências infantis. Algumas das mais valiosas qualidades da mente e do coração são enfraquecidas a ponto de morrer, como uma planta tenra, ante a brisa do inverno. OC 89 5 Sorride, pais; sorride, professores. Se vosso coração está triste, não permitais que vossa face revele esse fato. Deixai que a luz de um coração amante e grato ilumine o semblante. Descei de vossa dignidade de ferro, adaptai-vos às necessidades das crianças e fazei com que vos amem. Deveis cativar-lhes a afeição, se lhes quiserdes imprimir a verdade religiosa no coração. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1882. Uma oração adequada OC 90 1 Tornai vosso trabalho agradável por meio de cânticos de louvor. Se quiserdes ter um registro limpo nos livros do Céu, nunca vos irriteis ou xingueis. Seja a vossa oração diária: "Senhor, ensina-me a fazer o melhor. Ensina-me como fazer melhor trabalho. Dá-me energia e regozijo." Ponde Cristo em tudo que fizerdes, então vossa vida se encherá de brilho e de gratidão. ... Façamos o melhor, avançando alegremente no serviço do Senhor, com o coração repleto de Seu regozijo. -- Australasian Union Conference Record, 15 de Novembro de 1903. Ensinar as crianças a serem gratas OC 90 2 Deve-se dar ações de graças e louvor a Deus pelas bênçãos temporais e por todos os confortos que Ele nos concede. Deus quer que cada família que Ele está preparando para habitar nas mansões eternas lá em cima Lhe dê glória pelos ricos tesouros de Sua graça. Fossem as crianças educadas e preparadas na vida do lar, para serem gratas ao Doador de todas as boas coisas, e veríamos em nossa família um elemento da graça celestial. Ver-se-ia alegria na vida do lar, e, saindo desses lares, o jovem levaria consigo um espírito de respeito e reverência para a escola e para a igreja. Haveria freqüência no santuário em que Deus Se encontra com Seu povo, reverência a todas as ordenanças de Seu culto, sendo tributados grato louvor e ações de graças por todos os dons de Sua providência. OC 90 3 Se as palavras do Senhor fossem agora seguidas tão estritamente como quando foram ordenadas ao antigo Israel, os pais e mães dariam aos filhos um exemplo do mais alto valor. Toda a bênção temporal seria recebida com gratidão, e toda a bênção espiritual se tornaria duplamente preciosa, por que a percepção de cada membro da família fora santificada pela Palavra da Verdade. Muito perto está o Senhor dos que apreciam Seus preciosos dons, atribuindo todas as boas coisas que têm ao Deus benévolo, amorável e solícito, reconhecendo-O como a maior Fonte de todo o conforto e consolo, o inesgotável Manancial da graça. -- Manuscrito 67, 1907. ------------------------Capítulo 28 -- Veracidade Modelos de veracidade OC 91 1 Pais e professores, sede leais a Deus. Seja vossa vida livre de práticas fraudulentas. Nem um engano se encontre em vossos lábios. Por mais desagradável que vos possa ser na ocasião, mostrem vossas maneiras, vossas palavras e vossas obras integridade a vista de um Deus santo. Oh! terrível é o efeito da primeira lição de engano! Quaisquer dos que se dizem filhos e filhas de Deus dar-se-ão a práticas enganosas e mentiras? OC 91 2 Nunca permitais que vossos filhos tenham qualquer coisa que se pareça com desculpa para dizer: Mamãe não diz a verdade. Papai não fala a verdade. Ao serdes julgados nas cortes celestiais, far-se-á o registro contra vosso nome: Enganador? Serão vossos filhos pervertidos pelo exemplo dos que os deveriam ter guiado no caminho da verdade? Em vez disso, não entrará o poder convertedor de Deus no coração das mães e dos pais? Não se permitirá que o Espírito Santo de Deus deixe Suas marcas nas crianças? OC 91 3 Não se pode esperar que as crianças sejam totalmente inocentes. Mas há perigo de que, pelo trato insensato, os pais destruam a franqueza que deve caracterizar a experiência da criança. Tanto pelas palavras como pelas ações, devem os pais fazer tudo ao seu alcance para preservar a simplicidade natural. Ao avançarem as crianças em anos, os pais não devem dar a menor ocasião para a semeadura daquela semente que se transformará em engano e falsidade, e amadurecerá em hábitos que são indignos de confiança. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. Jamais mentir OC 91 4 Os pais devem ser modelos de veracidade, pois essa é a lição diária que deve ser inculcada no coração da criança. Princípios firmes devem governar os pais em todos os negócios da vida, especialmente na educação e no preparo dos filhos. "Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra for pura e reta." Provérbios 20:11. -- Good Health, Janeiro de 1880. OC 91 5 Uma mãe a quem falta discernimento, e que não segue a orientação do Senhor, pode educar os filhos para serem enganadores e hipócritas. Os traços de caráter assim alimentados, podem tornar-se tão persistentes que mentir seja tão natural como respirar. A falsidade será tomada por sinceridade e verdade. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. OC 92 1 Pais, nunca mentir nem dizer uma inverdade por preceito ou exemplo. Se quiserdes que vossos filhos sejam fiéis, sede fiéis vós mesmos. Sede retos e firmes. Nem mesmo a menor mentira deve ser permitida. Se a mãe está acostumada a mentir e a não ser veraz, a criança segue seu exemplo. -- Manuscrito 126, 1897. Palavras ásperas encorajam a falsidade OC 92 2 Não fiqueis impacientes com vossos filhos quando esses erram. Quando os corrigis, não faleis abrupta e asperamente. Isso os confunde, fazendo com que tenham medo de dizer a verdade. -- Manuscrito 2, 1903. ------------------------Capítulo 29 -- Honestidade e integridade A honestidade praticada e ensinada OC 92 3 É essencial que a honestidade seja praticada em todos os detalhes da vida da mãe, e é importante que nos ensino dos filhos se ensine às meninas, bem como aos meninos, a nunca agir de má fé ou enganar no mínimo que seja. -- Carta 41, 1888. A norma que Deus requer OC 92 4 Deus quer que os homens ao Seu serviço, sob Sua bandeira, sejam estritamente honestos, de caráter irrepreensível, que sua língua não pronuncie nada que se assemelhe a uma inverdade. A língua deve ser verdadeira, verdadeiros os olhos, as ações inteira e completamente de molde que Deus as possa recomendar. Estamos vivendo sob as vistas de um Deus santo, que declara solenemente: "Eu sei as tuas obras." Os olhos divinos estão sempre sobre nós. Não podemos encobrir de Deus um ato injusto. Que Deus é testemunha de cada uma de nossas ações, é uma verdade que apenas poucos reconhecem. -- Carta 41, 1888. OC 92 5 Os que reconhecem sua dependência de Deus sentirão que devem ser honestos para com os semelhantes, e, acima de tudo, devem ser honestos para com Deus, de quem vêm todas as bênçãos da vida. A escusa às ordens positivas de Deus, quanto aos dízimos e ofertas, é registrada nos livros do Céu como roubo a Ele. -- Conselhos Sobre Mordomia, 77, 78. OC 93 1 Homem honesto, à maneira de Cristo julgar, é o que manifeste inflexível integridade. Pesos enganosos e balanças falsas, com os quais muitos buscam aumentar seus ganhos no mundo, são abominação à vista de Deus. ... A firme integridade brilha como ouro entre o cascalho do mundo. OC 93 2 Engano, falsidade e infidelidade podem ser dissimulados e ocultos dos olhos humanos, mas não dos olhos de Deus. Os anjos de Deus que observam o desenvolvimento do caráter e pesam o valor moral, registram no livro do Céu essas pequeninas transações reveladoras do caráter. -- Testemunhos Selectos 1:508. Honestos em tudo OC 93 3 Precisam-se de homens cujo senso de justiça, mesmo nas questões menores não lhes permita fazer um registro de seu tempo que não seja minucioso e correto -- homens que reconheçam que estão lidando com meios que pertencem a Deus, e que não se apropriem injustamente de um centavo sequer para seu próprio uso; homens que sejam, justamente tão fiéis e exatos, cuidadosos e diligentes no trabalho, na ausência do patrão como em sua presença, demonstrando por sua fidelidade que não são meramente bajuladores, servos que precisam ser vigiados, mas obreiros conscienciosos, fiéis e verdadeiros, que fazem o que é direito não para receber o louvor humano, mas porque amam e escolhem o que é direito devido ao elevado senso de sua obrigação para com Deus. -- Testimonies for the Church 3:25. Coerência OC 93 4 Em toda transação comercial o cristão será justamente o que deseja que seus irmãos pensem que é. Suas ações são dirigidas por princípios fundamentais; não arma ciladas; portanto, não tem nada a ocultar, nada a encobrir. Pode ser criticado, pode ser provado, mas sua inflexível integridade irradiará como ouro puro. É uma bênção para todos os que com ele se relacionam, pois sua palavra é digna de confiança. É homem que não tira vantagens do vizinho. É um amigo e benfeitor de todos, e seus companheiros confiam em seu conselho. ... O homem verdadeiramente honesto nunca se aproveitará da fraqueza e incompetência alheias para encher sua própria carteira. -- Carta 3, 1878. Não se desviar da rígida honestidade OC 94 1 Sede rigidamente honestos em toda transação comercial. Embora tentados, nunca enganeis ou mintais na mínima coisa. Às vezes, um impulso natural pode trazer a tentação de vos desviardes do trilho reto da honestidade, mas não varieis nem um fio de cabelo sequer. Se fizerdes, em qualquer questão, uma declaração quanto ao que faríeis, e depois descobrirdes que favorecestes a outros com prejuízo próprio, não vos desvieis nem um fio de cabelo dos princípios. Cumpri vosso acordo. Procurando mudar vossos planos, mostraríeis que não se pode confiar em vós. E se recuardes em pequenas transações, voltareis atrás nas maiores. Em tais circunstâncias, alguns são tentados a enganar, dizendo: Não fui entendido. Minhas palavras foram tomadas como significando mais do que eu pretendia. O fato é que queriam dizer justamente o que disseram, mas perderam o bom impulso e então quiseram retroceder do acordo para que não se demonstrasse uma perda para eles. O Senhor requer que façamos justiça, que amemos a misericórdia, a verdade e a retidão. -- Carta 103, 1900. Princípios rigorosos OC 94 2 Em todos os detalhes da vida, os mais rigorosos princípios de honestidade devem ser mantidos. ... O desvio da perfeita integridade nos tratos comerciais pode parecer coisa pequena aos olhos de alguns, mas nosso Salvador assim não o considerou. Suas palavras sobre esse ponto são claras e explícitas: "Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito." Lucas 16:10. O homem que logra o vizinho em pequena escala lográ-lo-á em escala maior se lhe sobrevier a tentação. Uma representação falsa em coisa pequena é tanto desonestidade à vista de Deus como a falsidade numa questão maior. -- Carta 3, 1878. OC 94 3 A honestidade deve caracterizar cada ato de nossa vida. Os anjos celestiais examinam a obra que nos é posta nas mãos; e onde houve afastamento dos princípios da verdade, nos registros se escreve: "Em falta." -- Conselhos Sobre Mordomia, 142. ------------------------Capítulo 30 -- Confiança própria e Senso de honra Educar cada criança a ter confiança própria OC 95 1 Tanto quanto possível, cada criança deve ser ensinada a confiar em si mesma. Pondo em exercício as várias faculdades, aprenderá onde é mais forte e no que é deficiente. O sábio instrutor dará especial atenção ao desenvolvimento dos traços mais fracos, para que a criança possa formar um caráter bem equilibrado e harmonioso. -- Fundamentos da Educação Cristã, 57. Muita facilidade produzirá criaturas fracas OC 95 2 Se os pais, enquanto vivem, ajudassem os filhos a ajudarem a si mesmos, seria melhor do que deixar-lhes uma boa quantia ao morrer. Os filhos, a quem se deixa confiar principalmente em suas próprias atividades, dão melhores homens e mulheres e estão melhor habilitados para a vida prática do que os que dependem dos bens paternos. Os filhos que dependem dos seus próprios recursos geralmente prezam suas habilidades, melhoram seus privilégios, e cultivam e dirigem suas faculdades, para realizar um propósito na vida. Freqüentemente, desenvolvem características de operosidade, frugalidade e valor moral, que estão no fundamento do êxito na vida cristã. Os filhos para quem os pais fazem o máximo, freqüentemente, não sentem a mínima obrigação para com eles. -- Testimonies for the Church 3:122, 123. Os obstáculos desenvolvem o vigor OC 95 3 São os obstáculos que tornam o homem forte. Não são as facilidades, mas as dificuldades, conflitos, reveses que formam homens de fibra moral. A excessiva facilidade de evitar as responsabilidades tem feito criaturas fracas e anões dos que deveriam ser homens responsáveis, de força moral e músculos espirituais fortes. -- Testimonies for the Church 3:495. OC 95 4 Desde os primeiros anos é necessário entrelaçar no caráter princípios de austera integridade, a fim de que o jovem possa alcançar a norma mais elevada de varonilidade e feminilidade. Devem ter sempre diante dos olhos o fato de que foram comprados com preço, e deve glorificar a Deus no corpo e no espírito, os quais Lhe pertencem. Devem os jovens considerar seriamente qual será seu propósito e o trabalho de sua vida, e de tal maneira pôr o fundamento que seus hábitos sejam livres de toda mancha de corrupção. Se quiserem ficar numa posição em que influenciem a outros, devem ter confiança própria. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893. Preparar as crianças para enfrentar os problemas OC 96 1 Depois da disciplina do lar e da escola, todos terão de enfrentar a severa disciplina da vida. Como enfrentá-la sabiamente, é a lição que se deve explicar a toda criança e jovem. É verdade que Deus nos ama, que Ele está trabalhando para a nossa felicidade, e que, se Sua lei tivesse sempre sido obedecida, jamais teríamos conhecido o sofrimento; não menos verdade é que neste mundo, como resultado do pecado, sobrevêm à nossa vida sofrimentos, perturbações e cuidados. Podemos proporcionar às crianças e jovens um bem para toda a vida, ensinando-os a enfrentar corajosamente estas dificuldades e encargos. Conquanto lhes manifestemos simpatia, que isto nunca seja de maneira a alimentar-lhes a compaixão de si mesmos. Eles necessitam daquilo que estimula e fortalece, ao invés de enfraquecer. OC 96 2 Deve-se-lhes ensinar que este mundo não é uma parada militar, mas sim um campo de batalha. Todos são chamados a suportar aflições, como bons soldados. Devem ser fortes e portar-se como homens. Ensine-se-lhes que a verdadeira prova de caráter se encontra na disposição para suportar encargos, assumir difíceis posições, efetuar o trabalho que precisa ser feito, ainda que não alcance nenhum reconhecimento ou recompensa terrestre. -- Educação, 295. Fortalecer o senso de honra OC 96 3 O educador prudente, ao tratar com seus discípulos, procurará promover a confiança e fortalecer o sentimento de honra. As crianças e jovens são beneficiados se se deposita confiança neles. Muitos, mesmo dentre os pequeninos, têm um elevado senso de honra; todos desejam ser tratados com confiança e respeito, e eles têm direito a isso. Eles não devem ter a sensação de não poderem sair ou entrar sem ser vigiados. A suspeita desmoraliza, produzindo os mesmos males que procura evitar. ... Levai os jovens a sentir que eles merecem confiança e poucos haverá que não procurarão mostrar-se dignos dessa confiança. -- Educação, 289, 290. ------------------------Capítulo 31 -- A importância do caráter O único tesouro levado deste mundo OC 96 4 O caráter formado segundo a semelhança divina é o único tesouro que deste mundo podemos levar para o futuro. Aqueles que nesta vida estão sob a instrução de Cristo, levarão consigo, para as mansões celestes, todo aprendizado divino. E nos Céus deveremos progredir continuamente. Que importância tem, pois, o desenvolvimento do caráter! -- Parábolas de Jesus, 332. Caráter verdadeiro: qualidade da alma OC 96 5 A capacidade mental e o talento não são sinônimos de caráter, pois esses são freqüentemente possuídos pelos que têm justamente o oposto de um caráter bom. A reputação não é caráter. O verdadeiro caráter é uma qualidade da alma que se revela na conduta. -- The Youth's Instructor, 3 de Novembro de 1886. OC 96 6 O bom caráter é um capital mais valioso do que a prata e o ouro. Não é afetado por crises nem fracassos, e naquele dia em que hão de ser destruídas as riquezas terrestres, os seus frutos serão fartos. A integridade, a firmeza e a perseverança são qualidades que todos devem zelosamente cultivar, pois elas revestem seu possuidor de um poder irresistível -- um poder que o torna forte para fazer o bem, forte para resistir ao mal, forte para suportar a adversidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 226. Dois elementos essenciais OC 96 7 A resistência do caráter consiste de duas coisas: força de vontade e domínio de si mesmo. Muitos jovens confundem paixões fortes e não controladas com firmeza de caráter. A verdade, porém, é que aquele que é regido por suas paixões é um fraco. A verdadeira grandeza e nobreza do homem medem-se por sua capacidade de vencer os próprios sentimentos, e não pela capacidade desses sentimentos para vencê-lo. O homem mais forte é aquele que, conquanto sensível à ofensa, restringe ainda a paixão e perdoa os inimigos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 222. Mais necessário do que demonstrações exteriores OC 98 1 Se se considerasse de tanta importância que os jovens possuíssem um caráter belo, e amável disposição, como se considera importante que imitem as modas do mundo no vestuário e no comportamento, veríamos centenas onde hoje vemos um que vem para o cenário da vida ativa preparado para exercer enobrecedora influência sobre a sociedade. -- Fundamentos da Educação Cristã, 69. Seu desenvolvimento é obra de toda a vida OC 98 2 A formação do caráter é obra de toda a vida, e é para a eternidade. Se todos pudessem reconhecer isso, se despertassem para o pensamento de que estamos decidindo individualmente nosso destino para a vida eterna ou para a ruína eterna, que mudança se operaria! Quão diferentemente seria empregado esse tempo da graça e que caracteres diferentes encheriam nosso mundo! -- The Youth's Instructor, 19 de Fevereiro de 1903. Desenvolvimento e crescimento OC 98 3 A germinação da semente representa o começo da vida espiritual, e o desenvolvimento da planta é uma figura do desenvolvimento do caráter. Não pode haver vida sem crescimento. A planta ou deve crescer ou morrer. Assim como seu crescimento é silencioso e imperceptível, mas contínuo, assim é o crescimento do caráter. Nossa vida pode ser perfeita em cada estágio de seu desenvolvimento; contudo, se o propósito de Deus para conosco se cumpre, haverá constante progresso. -- Educação, 105, 106. A colheita da vida OC 98 4 A ceifa da vida é o caráter, e é este que determina o destino tanto para esta como para a vida futura. A ceifa é uma reprodução das sementes semeadas. Cada semente produz fruto "segundo a sua espécie". Assim é com os traços de caráter que acariciamos. OC 99 1 Egoísmo, amor-próprio, presunção, condescendência própria reproduzem-se e o fim é miséria e ruína. "O que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna." Gálatas 6:8. Amor, simpatia, bondade produzem frutos de bênçãos, colheita que é imperecível. -- Educação, 109. A maior evidência de cristianismo OC 99 2 Se as mães cristãs apresentarem à sociedade filhos que tenham integridade de caráter, com princípios firmes e moral sã, terão realizado o mais importante de todos os trabalhos missionários. Devidamente educados para assumir seu lugar na sociedade, seus filhos são a maior evidência do cristianismo que possa ser dada ao mundo. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. A influência da criança devidamente ensinada OC 99 3 Jamais foi confiado aos mortais trabalho mais elevado que o da formação do caráter. Não somente devem as crianças ser educadas, mas também treinadas; e quem pode dizer o futuro de uma criança ou jovem em crescimento? Dê-se o maior cuidado à cultura de nossos filhos. A criança devidamente disciplinada nos princípios da verdade, que tem o amor e o temor de Deus entretecidos no caráter, possuirá no mundo um incalculável poder para o bem. -- The Signs of the Times, 13 de Julho de 1888. ------------------------Capítulo 32 -- Como se forma o caráter Obtido por esforço perseverante OC 99 4 O caráter não vem por acaso. Não é determinado por uma explosão de temperamento, um passo na direção errada. É a repetição do ato que faz com que se torne hábito e molda o caráter, seja para o bem ou para o mal. O caráter reto só pode ser formado pelo esforço perseverante e incansável, aperfeiçoando cada talento e capacidade confiados para a glória de Deus. Em vez de fazer isso, muitos se deixam impelir para onde quer que o impulso e as circunstâncias os levem. Não é porque lhes falte bom material, mas porque não reconhecem que Deus quer que em sua juventude eles façam o melhor possível. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1899. OC 100 1 Nosso primeiro dever para com Deus e nossos semelhantes é o desenvolvimento próprio. Toda a faculdade com que o Criador nos dotou deve ser cultivada no mais alto grau de perfeição, para que possamos executar a maior quantidade de bem de que somos capazes. OC 100 2 Para purificar e aperfeiçoar nosso caráter, necessitamos da graça que nos é dada por Cristo e que nos habilitará a ver e corrigir nossas deficiências e melhorar o que há de excelente em nosso caráter. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. Cultivando as faculdades dadas por Deus OC 100 3 Em grande medida, cada um é o arquiteto de seu próprio caráter. Cada dia, a estrutura mais se aproxima do termo. A Palavra de Deus nos adverte a estar atentos quanto à maneira por que edificamos, para ver se nosso edifício está fundado na Rocha eterna. Aproxima-se o tempo em que nossa obra se revelará tal como é. Agora é o tempo em que todos devem cultivar as faculdades que lhes foram dadas por Deus a fim de formarem caráter útil aqui, e apto para uma vida elevada no futuro. OC 100 4 A fé em Cristo como nosso Salvador pessoal dará resistência e solidez ao caráter. Os que têm fé genuína em Cristo serão sóbrios, lembrando-se de que os olhos de Deus estão sobre eles, que o Juiz de todos os homens está pesando os valores morais, que os seres celestes estão esperando para ver que espécie de caráter se está desenvolvendo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 223. Influenciado por todo ato OC 100 5 Todo ato da vida, por mais insignificante, tem sua influência na formação do caráter. Um caráter bem formado é mais precioso que as possessões mundanas; e moldá-lo é a obra mais nobre em que os homens se possam empenhar. OC 100 6 O caráter formado segundo as circunstâncias é mutável e falto de harmonia -- uma massa de contradições. Seu possuidor não tem nenhum objetivo elevado ou propósito na vida. Não exerce nenhuma influência enobrecedora no caráter dos outros. É destituído de finalidade e de poder. -- Testimonies for the Church 4:657. Aperfeiçoado por seguir a norma de Deus OC 101 1 Deus espera que edifiquemos caráter de acordo com a norma que pôs diante de nós. Devemos colocar um tijolo após o outro, acrescentando graça a graça, descobrindo nossos pontos fracos, e corrigindo-os de acordo com as orientações dadas. Quando se vê uma fenda nas paredes de uma mansão, sabemos que algo está errado no edifício. Na edificação de nosso caráter, freqüentemente vêem-se fendas. A não ser que tais defeitos sejam remediados, a casa ruirá quando a tempestade da prova a atingir. -- The Youth's Instructor, 25 de Outubro de 1900. OC 101 2 Deus nos dá força, a faculdade do raciocínio, tempo, para que possamos construir caráter sobre o qual Ele possa colocar o selo de Sua aprovação. Deseja que cada um de Seus filhos forme um caráter nobre, pela realização de atos nobres e puros, para que afinal possa apresentar uma estrutura simétrica, um belo templo honrado pelo homem e por Deus. OC 101 3 Na edificação de nosso caráter, devemos edificar sobre Cristo. Ele é o fundamento seguro -- fundamento que jamais poderá ser abalado. A tempestade da tentação e da prova não pode abalar o edifício que está cravado na Rocha Eterna. OC 101 4 Aquele que se quer transformar num belo edifício para o Senhor deve cultivar cada faculdade do ser. Somente pelo devido uso dos talentos é que o caráter se pode desenvolver harmoniosamente. Trazemos assim para o fundamento aquilo que na Palavra é representado como ouro, prata, pedras preciosas -- material que suportará a prova dos fogos purificadores de Deus. Na edificação de nosso caráter, Cristo é nosso exemplo. -- The Youth's Instructor, 16 de Maio de 1901. Deve-se resistir à tentação OC 101 5 A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do que constitui um caráter santificado. Ela apresenta uma lição para todos, e especialmente para os jovens. Uma estrita submissão às ordens de Deus é benéfica à saúde do corpo e do espírito. -- Santificação, 23. OC 101 6 Os pais de Daniel haviam-no educado na meninice nos hábitos de estrita temperança. Haviam-lhe ensinado que, em todos os seus atos, devia conformar-se com as leis da natureza; que o comer ou beber exerciam influência direta sobre sua natureza física, mental e moral, e que ele era responsável diante de Deus por sua capacidade; pois as tinha todas como uma dádiva de Deus e não devia por qualquer procedimento diminuí-las ou invalidá-las. Como resultado desse ensino, a lei de Deus era exaltada em sua mente e reverenciada em seu coração. Durante os primeiros anos de seu cativeiro, Daniel passou por uma prova que o devia familiarizar com a grandeza da corte, com a hipocrisia e com o paganismo. Estranha escola, em verdade, para habilitá-lo para uma vida de sobriedade, operosidade e fidelidade! E, no entanto, viveu sem se deixar contaminar pela atmosfera do mal de que estava cercado. OC 102 1 Daniel e seus companheiros tiveram os benefícios do preparo e da educação corretos na infância, mas só essas vantagens não teriam feito deles o que eram. Chegou o tempo em que deviam agir por si mesmos -- quando seu futuro dependia de sua própria atitude. Então decidiram ser leais às lições que lhes foram dadas na meninice. O temor de Deus, que é o fundamento de toda a sabedoria, foi o fundamento de Sua grandeza. Seu Espírito fortaleceu todo o propósito verdadeiro, toda a resolução nobre. -- Manuscrito 132, 1901. O alvo deve ser elevado OC 102 2 Se os jovens de hoje quiserem permanecer como Daniel, devem pôr à prova todo nervo e músculo espirituais. O Senhor não quer que permaneçam principiantes. Quer que alcancem o mais elevado degrau da escada para que dela possam passar para o reino de Deus. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1899. OC 102 3 Se os jovens apreciarem devidamente essa importante questão da edificação do caráter, verão a necessidade de fazer seu trabalho de tal maneira que suporte a prova da investigação diante de Deus. Pelo esforço perseverante em resistir à tentação, e buscar a sabedoria do alto, poderão o mais humilde e o mais fraco alcançar alturas que agora parecem impossíveis. Tais realizações não podem vir sem um propósito determinado de ser fiel no cumprimento dos pequenos deveres. Isso exige constante vigilância para que os maus traços não sejam fortalecidos. O jovem pode ter força moral, pois Jesus veio ao mundo para que pudesse ser nosso Exemplo e a todos os jovens e dar o auxílio divino aos de todas as idades. -- The Youth's Instructor, 3 de Novembro de 1886. O conselho e a reprovação devem ser atendidos OC 102 4 Os que têm caráter, conduta, hábitos e práticas defeituosos, devem atender aos conselhos e reprovações. Este mundo é a oficina de Deus. E cada pedra que pode ser usada no templo celestial deve ser talhada e polida, até ser pedra provada e preciosa, ajustada para seu lugar no edifício do Senhor. Mas se recusarmos ser ensinados e disciplinados, seremos como pedras não talhadas e polidas, e que afinal serão postas de lado como inúteis. -- The Youth's Instructor, 31 de Agosto de 1893. OC 103 5 É possível que, para a formação de nosso caráter, muito trabalho seja ainda requerido e sejais ainda pedra tosca que tem de ser talhada e burilada antes de poder preencher dignamente seu lugar no templo de Deus. Não deve surpreender-vos pois que, com o martelo e o cinzel, Deus Se ponha a polir as arestas para ocupardes o lugar que vos destina. Ser humano algum pode efetuar essa obra. Só Deus a pode executar. E podeis estar certos de que nenhum golpe será dado em falso. Todos os seus golpes são dados com amor, para vossa felicidade perpétua. Ele conhece vossas fraquezas e trabalha para restaurar, não para destruir. -- Testemunhos Selectos 3:204. ------------------------Capítulo 33 -- A responsabilidade dos pais Uma comissão divina aos pais OC 103 1 Deus tem dado aos pais o seu trabalho: formar o caráter dos filhos segundo o Modelo divino. Por Sua graça poderão realizar a tarefa; mas isso exigirá esforço paciente e consciencioso, não menos que firmeza e decisão para guiar a vontade e restringir as paixões. Um campo deixado ao abandono só produz espinhos e cardos. Aquele que quer alcançar uma colheita para a utilidade e beleza deve primeiro preparar o solo e espalhar a semente, então cavar ao redor dos novos rebentos, removendo o mato e afofando a terra, e as preciosas plantas florescerão, recompensando-lhe ricamente o cuidado e o labor. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. OC 103 2 A formação do caráter é a obra mais importante que já foi confiada a seres humanos; e nunca dantes foi seu diligente estudo tão importante como hoje. Jamais qualquer geração prévia teve de enfrentar aflições tão intensas; nunca dantes moços e moças foram defrontados por perigos tão grandes como hoje. -- Educação, 225. OC 103 3 Eis vossa obra, pais: desenvolver o caráter de vossos filhos em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus. Essa obra deve vir primeiro, pois nela estão envolvidos interesses eternos. A formação do caráter de vossos filhos é de maior importância que o cultivo de vossas fazendas, mais essencial que a construção de casas para morar e a realização de qualquer espécie de negócio ou indústria. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. O lar, a melhor escola para a formação do caráter OC 104 1 Nem a escola de igreja, tampouco a escola superior, proporcionam, como o faz o lar, as oportunidades de firmar o edifício do caráter de uma criança sobre o fundamento apropriado. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 162. O caráter deve ser endireitado OC 104 2 Os que não endireitam o caráter nesta vida jamais poderão ter parte na vida imortal futura. Oh, quão importante é que a juventude se conserve direita! E os pais desempenham parte importante nessa questão. Sobre eles repousa a sagrada responsabilidade de educar os filhos para Deus. A eles é dada a obra de ajudar os pequeninos a formar caráter que lhes assegurem a entrada nas cortes de cima. -- Carta 78, 1901. Os pais não devem cometer este erro OC 104 3 Pais, por amor de Cristo não cometais um erro em vossa obra mais importante, a de moldar o caráter de vossos filhos para o tempo e para a eternidade. Um erro de vossa parte negligenciando a instrução fiel, ou na condescendência daquele afeto insensato que vos cega os olhos para os seus defeitos e vos impede de lhes aplicar a restrição apropriada, demonstrar-se-á sua ruína. Vossa atitude pode imprimir uma direção errada a toda a sua carreira futura. Vós determinareis para eles o que serão e o que farão em favor de Cristo e dos homens e pela sua própria alma. OC 104 4 Lidai honesta e fielmente com vossos filhos. Trabalhai corajosa e pacientemente. Não temais as cruzes, não poupeis tempo ou trabalho, responsabilidade ou sofrimento. O futuro de vossos filhos testificará do caráter de vossa obra. A fidelidade de vossa parte para com Cristo melhor se pode exprimir no caráter simétrico de vossos filhos que em qualquer outra maneira. Eles são a propriedade de Cristo, comprados por Seu próprio sangue. Se sua influência for totalmente do lado de Cristo, serão Seus colaboradores, ajudando outros a encontrar o caminho da vida. Se negligenciardes a obra que vos foi confiada por Deus, vossa atitude insensata de disciplina colocá-los-á na classe dos que se afastam de Cristo e fortalecem o reino das trevas. -- Testimonies for the Church 5:39, 40. Casa limpa, mas filhos não educados OC 104 5 Vi uma mãe cujo olho crítico podia discernir qualquer coisa imperfeita nos enfeites de madeira de sua casa, e que era muito cuidadosa no sentido de que a limpeza de sua casa fosse feita com perfeição no tempo exato por ela determinado, e que a executava freqüentemente a despeito da saúde física e espiritual, enquanto os filhos eram deixados a correr na rua, dela obtendo sua educação. Essas crianças iam crescendo grosseiras, egoístas, rudes e desobedientes. Embora pagasse uma auxiliar, a mãe estava tão empenhada nos cuidados da casa que não podia ter tempo para educar devidamente os filhos. Deixava-os crescer com caráter defeituoso, indisciplinados e mal-educados. Podíamos sentir que o bom gosto da mãe não era exercido na direção correta, senão teria ela visto a necessidade de moldar a mente e as maneiras dos filhos e educá-los para terem caráter simétrico e temperamento amável. OC 105 1 Caso a mãe tivesse deixado essas coisas que permitira tomarem-lhe a primeira atenção virem em segundo lugar, teria considerado quase da mais infinita importância o preparo físico, mental e espiritual dos filhos. As que assumem a responsabilidade de mãe, devem sentir-se sob a mais solene obrigação para com Deus e para com os filhos, de educá-los de tal maneira que tenham disposição amável e afetuosa, e que sejam puros na moral, refinados no gosto, e de caráter amável. -- The Signs of the Times, 5 de Agosto de 1875. Só pelo Espírito de Deus OC 105 2 Pensamos que somos capazes de moldar nossa vida e caráter para entrar pelos portais da glória? Não o podemos fazer. Dependemos, cada momento, de que o Espírito de Deus opere em nós e em nossos filhos. -- Manuscrito 12, 1895. OC 105 3 Se os pais quiserem ver um estado de coisas diferente na família, consagrem-se eles inteiramente a Deus, e o Senhor lhes mostrará meios e maneiras pelas quais se possa operar uma transformação em sua casa. -- Manuscrito 151, 1897. A parte de Deus e a dos pais OC 105 4 Pais cristãos, suplico-vos que desperteis. ... Caso negligencieis vosso dever e vos esquiveis de vossa responsabilidade, esperando que o Senhor faça vosso trabalho, sereis desapontados. Quando tiverdes feito fielmente tudo o que puderdes, trazei vossos filhos para Jesus; e com fé sincera e perseverante intercedei por eles. O Senhor será vosso ajudador; cooperará com vossos esforços; em Sua força alcançareis a vitória. ... OC 105 5 Quando os pais manifestarem tal interesse pelos filhos como o que Deus quer que manifestem, Ele ouvirá as suas orações, e cooperará com seus esforços. Mas Deus não Se propõe a fazer a obra que Ele determinou que os pais fizessem. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. O criador ajudará OC 105 5 Mães, lembrai-vos de que o Criador do Universo vos auxiliará em vosso trabalho. Na Sua força, e pelo Seu nome, levareis vossos filhos a serem vencedores. Ensinai-lhes a olhar a Deus em busca da força. Dizei-lhes que Deus lhes ouve as orações. Ensinai-lhes a vencer o mal com o bem. Ensinai-lhes a exercer uma influência elevadora e enobrecedora. Levai-os a se unirem com Deus, e então eles terão forças para resistir à mais forte das tentações. Então receberão a recompensa do vencedor. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. OC 106 1 Vosso compassivo Salvador contempla-vos com amor e simpatia, pronto para vos ouvir as orações e prestar auxílio de que necessitais em vosso trabalho cotidiano. Amor, alegria, paz, longanimidade, delicadeza, fé e caridade, são os elementos do caráter cristão. Essas preciosas graças são o fruto do Espírito. São a coroa e o escudo do cristão. -- Pacific Health Journal, Setembro de 1890. Uma palavra de ânimo aos que erraram OC 106 2 Os que vêm ensinando os filhos de maneira imprópria não precisam desesperar; convertam-se a Deus e busquem o verdadeiro espírito de obediência, e serão habilitados a fazer decididas reformas. Conformando vossos próprios costumes com os princípios da santa lei de Deus, tereis influência sobre vossos filhos. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1894. Alguns filhos recusarão conselhos paternos OC 106 3 Os pais podem fazer tudo ao seu alcance para dar aos filhos todo o privilégio e instrução, para que dêem a Deus o coração; no entanto, os filhos podem recusar andar na luz e, pela sua má conduta, lançar considerações desfavoráveis sobre os pais que os amam, e cujo coração suspira pela sua salvação. OC 106 4 É Satanás que tenta os filhos a seguirem a conduta do pecado e desobediência. ... Se recusarem andar na luz, se recusarem submeter sua vontade e seu caminho a Deus, e persistirem em seguir, em sua impenitência, o rumo do pecado, a luz e o privilégio que têm tido, deporão contra eles no juízo, porque não andaram na luz, e não sabiam para onde iam. Satanás os está guiando, e tornam-se objetos de observações no mundo. OC 106 5 O povo dirá: Ora, olhem aquelas crianças! Seus pais são muito religiosos, mas vedes que eles são piores que meus filhos e eu não professo ser cristão! E, dessa maneira, os filhos que recebem boa instrução, e assim mesmo não lhe dão atenção, lançam injúria sobre os pais, desonrando-os e envergonhando-os perante um mundo ímpio. Também, pela sua atitude ímpia, trazem opróbrio sobre a religião de Jesus Cristo. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1893. A obra dos pais OC 107 1 Pais, vossa obra é desenvolver nos filhos a paciência, a constância e o amor genuíno. Lidando corretamente com os filhos que Deus vos deu, vós os estais ajudando a pôr o fundamento de um caráter puro e bem equilibrado. Vós lhes estais infundido na mente princípios que eles um dia seguirão em sua própria família. O efeito de vossos esforços bem dirigidos ver-se-á ao dirigirem sua casa no caminho do Senhor. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. ------------------------Capítulo 34 -- Como arruinar o caráter Os pais podem semear a ruína OC 107 2 Pais mal-avisados estão ensinando a seus filhos lições que se lhes demonstrarão perigosas, e plantando ao mesmo tempo espinhos para os próprios pés. ... Em grande parte, os pais seguram nas mãos a futura felicidade de seus filhos. Repousa sobre eles a importante obra de formar o caráter dos mesmos. Os ensinos ministrados na infância os acompanharão através da vida. Os pais semeiam as sementes que brotarão e darão frutos, seja para o bem, seja para o mal. Eles podem habilitar seus filhos e filhas para a felicidade ou para a miséria. -- Testemunhos Selectos 1:143. Condescendência ou extrema dureza OC 107 3 Freqüentemente, as crianças são mimadas desde a meninice, e maus hábitos se tornam fixos. Os pais têm estado curvando o rebento. Pela sua maneira de educar, o caráter ou se desenvolve com deformidades ou com simetria e beleza. Mas enquanto muitos erram do lado da condescendência, outros vão ao extremo oposto e governam os filhos com vara de ferro. Nenhum deles segue a direção bíblica, mas ambos estão fazendo uma obra temível. Estão moldando a mente dos filhos e devem prestar contas, no dia de Deus, pela maneira como o têm feito. A eternidade revelará o resultado da obra feita nesta vida. -- Testimonies for the Church 4:368, 369. Deixando de educar para Deus OC 108 1 Deixando de ensinar os filhos a observar o caminho do Senhor, a fazer as coisas que Ele ordenou, os pais negligenciam um solene dever. -- Manuscrito 12, 1898. OC 108 2 A algumas [crianças] se tem deixado fazer o que bem entendem; a outras se tem censurado e desanimado. Pouco agrado, alegria e palavras de aprovação lhes têm sido dados. -- Manuscrito 34, 1893. OC 108 3 Oh, se tão-somente as mães trabalhassem com sabedoria, com calma e determinação para educar e vencer o temperamento carnal dos filhos, que quantidade de pecado seria cortada ao nascer, e que grande número de casos de disciplinas na igreja seriam poupados! ... Muitas almas estarão eternamente perdidas devido à negligência dos pais quanto a disciplinar devidamente os filhos e lhes ensinar a submissão à autoridade na juventude. Desculpar as faltas e acalmar as explosões de ira não é pôr o machado à raiz do mal, antes causa a ruína de milhares de almas. Oh, como responderão os pais a Deus por essa terrível negligência de seu dever! -- Testimonies for the Church 4:92, 93. A negligência que brinca com o pecado OC 108 4 Como nunca dantes os filhos necessitam de vigilante cuidado e orientação, pois Satanás se está esforçando por conseguir o controle de sua mente e coração e por expulsar o Espírito de Deus. O terrível estado da juventude desta época constitui um dos mais fortes sinais de que estamos vivendo nos últimos dias, mas a ruína de muitos pode ser atribuída diretamente ao trato errôneo dos pais. O espírito de murmurar contra a reprovação vem criando raízes, e está produzindo seu fruto de insubordinação. Embora os pais não estejam satisfeitos com o caráter que os filhos estão formando, deixam de ver os erros que os fazem o que são. ... OC 108 5 Deus condena a negligência que brinca com o pecado e o crime, e a insensibilidade que demora a descobrir sua maléfica presença nas famílias de professos cristãos. -- Testimonies for the Church 4:199, 200. Por falta de restrição OC 108 6 Visto não restringirem e dirigirem corretamente os filhos, milhares estão crescendo com caráter deformado, com moral frouxa e com pouca educação nos deveres práticos da vida. É-lhes deixado fazer o que querem com seus impulsos, seu tempo e suas faculdades mentais. A perda desses talentos negligenciados para a causa de Deus jaz à porta de pais e mães; e que desculpas darão Àquele de quem são mordomos, encarregados que são do sagrado dever de preparar as almas sob o seu cuidado para melhorarem todas as suas faculdades para a glória de seu Criador? -- Testimonies for the Church 5:326. OC 109 1 Os pais pensam que amam a seus filhos, mas se têm demonstrado seus piores inimigos. Têm deixado o mal prosseguir sem restrição. Têm permitido aos filhos acariciar o pecado, o que se assemelha a acariciar e mimar uma víbora, que não somente picará a vítima que a acaricia, mas também a todos aqueles com quem esta se relaciona. -- Fundamentos da Educação Cristã, 52, 53. Tolerando erros OC 109 2 Em vez de se unirem com os que levam a responsabilidade, para levantar a norma da moral e trabalhar de corpo e alma, no temor de Deus, para corrigir o erro dos filhos, muitos pais acalmam sua própria consciência dizendo: "Meus filhos não são piores do que os outros." Procuram ocultar os erros evidentes que Deus abomina, para que seus filhos não fiquem ofendidos e tomem qualquer atitude desesperada. Se o espírito de rebelião está em seu coração, é muito melhor subjugá-lo agora a permitir que cresça e se fortaleça pela condescendência. Se os pais cumprissem o seu dever, veríamos um diferente estado de coisas. Muitos desses pais se têm desviado de Deus. Não têm a sabedoria que dEle vem, para perceber os ardis de Satanás e resistir-lhe às ciladas. -- Testimonies for the Church 4:650, 651. Sendo condescendentes com as crianças OC 109 3 Freqüentemente os pais mimam seus filhos pequenos, e são para com eles condescendentes porque parece mais fácil lidar com eles dessa maneira. É trabalho mais suave deixá-los seguir seu próprio caminho do que barrar as inclinações desgovernadas que se levantam tão fortemente em seu coração. No entanto, essa atitude é covarde. É uma impiedade fugir assim à responsabilidade; pois tempo virá em que esses filhos, cujas inclinações não refreadas se transformaram em vícios absolutos, trarão vergonha e desgraça sobre si mesmos e à sua família. Saem para a vida ativa sem o preparo para suas tentações, não sendo suficientemente fortes para suportar perplexidades e dificuldades. Arrebatados, altivos, indisciplinados, procuram submeter outros à sua vontade, e, fracassando nisso, consideram-se maltratados pelo mundo e se voltam contra ele. -- Testimonies for the Church 4:201. Semeando a vaidade OC 110 1 Onde quer que vamos, vemos filhos tratados com condescendência, mimados e louvados sem discrição. Isso tende a torná-los vãos, ousados e presumidos. A semente da vaidade é facilmente semeada no coração humano por pais e tutores imprudentes que louvam os pequenos sob o seu cuidado e para com eles se mostram condescendentes, sem nenhum pensamento quanto ao futuro. A obstinação e o orgulho são males que transformaram anjos em demônios e contra eles fecharam as portas do Céu. E assim mesmo pais estão inconscientemente preparando sistematicamente os filhos para serem agentes de Satanás. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. Escravos de adolescentes OC 110 2 Quantos pais exaustos do trabalho e sobrecarregados têm-se tornado escravos dos filhos, enquanto, em harmonia com sua educação e preparo, vivem estes para agradar, divertir e glorificar a si mesmos. Semeiam os pais no coração dos filhos a semente que produz uma colheita que eles não gostariam de fazer. OC 110 3 Sob tal educação, aos dez, doze ou dezesseis anos de idade, os filhos julgam-se muito sábios, imaginam serem prodígios, e se consideram já sábios demais para estar em sujeição aos pais, e demais elevados para se debruçarem sobre os deveres da vida diária. O amor ao prazer controla-lhes a mente; e o egoísmo, o orgulho e a rebelião produzem-lhes na vida seus amargos resultados. Eles aceitam as insinuações de Satanás e cultivam a ambição não santificada de fazer grande exibição no mundo. -- The Youth's Instructor, 20 de Julho de 1893. Amor e simpatia mal dirigidos OC 110 4 Os pais podem condescender em seu afeto para com os filhos, a custo da obediência à Santa Lei de Deus. Guiados por esse afeto, desobedecem a Deus, permitindo aos filhos manterem impulsos errados, e retêm a instrução e disciplina que Deus lhes ordenou que dessem. Quando os pais assim desrespeitam os mandamentos de Deus, põem em perigo a sua própria alma e a de seus filhos. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1897. OC 110 5 A fraqueza em exigir obediência e o falso amor e simpatia -- a falsa noção de que é prudente condescender e não restringir -- constituem um sistema de ensino que entristece os anjos, mas deleita a Satanás, pois traz centenas e milhares de filhos para as suas fileiras. É esse o motivo de ele cegar os olhos dos pais, amortecer-lhes as sensibilidades e confundir-lhes a mente. Vêem que seus filhos e filhas não são agradáveis, amáveis, obedientes e cuidadosos; no entanto, os filhos se aglomeram em casa, para lhes envenenar a vida, encher o coração de tristeza, e acrescentar o número daqueles a quem Satanás está usando para atrair almas para a destruição. -- Testimonies for the Church 5:324. Deixando de exigir obediência OC 111 1 Caso as crianças ingratas sejam alimentadas e vestidas, lhes seja permitido andar sem serem corrigidas, serão animadas a continuar em seu mau caminho. OC 111 2 E visto os pais ou responsáveis assim os favorecerem e não exigirem obediência, com eles partilham de seus malfeitos. Muito bem poderiam estar tais filhos com os ímpios, cuja conduta iníqua escolheram seguir, em vez de permanecerem em lares cristãos para envenenar os demais. Nesta época de impiedade, deve cada cristão permanecer firme na condenação das ações más e satânicas de filhos transviados. Jovens maus não devem ser tratados como sendo bondosos e obedientes, mas como perturbadores da paz e corruptores dos companheiros. -- Manuscrito 119, 1901. Permitindo os filhos seguirem sua própria idéia OC 111 3 Na sociedade predomina um sentimento favorável a permitir que eles sigam a natural inclinação do espírito. -- Mensagens aos Jovens, 373, 374. OC 111 4 Julgam [os pais] que mediante o satisfazer aos desejos dos filhos, e deixá-los seguir as próprias inclinações, podem granjear-lhes o amor. Que erro! As crianças assim mimadas crescem sem restrições aos seus desejos, insubmissas na disposição, egoístas, exigentes e despóticas, um tormento para si mesmas e para os que as cercam. -- Testemunhos Selectos 1:143. Permitindo atitudes errôneas OC 111 5 Quer boas, quer más, as lições da infância não são aprendidas em vão. O caráter se desenvolve na juventude, para o bem ou para o mal. Em casa pode haver louvor e falsa adulação; no mundo cada um depende de seus próprios méritos. Os pequenos mimados, a quem toda a autoridade da casa cedia, são agora sujeitos diariamente à mortificação por serem obrigados a ceder aos outros. A muitos é ensinado, mesmo então, qual é seu verdadeiro lugar por essas lições práticas da vida. Pela repulsa, desapontamentos e linguagem clara de seus superiores, freqüentemente encontram seu verdadeiro nível e são humilhados para compreender e aceitar o seu devido lugar. Mas essa é uma prova severa e desnecessária, e poderia ter sido evitada pelo devido ensino na juventude. OC 112 1 A maioria dessas criaturas maldisciplinadas atravessam a vida sempre em oposição ao mundo, fazendo um fracasso onde deveriam ter alcançado êxito. Chegam a pensar que o mundo tem má vontade porque não as lisonjeia nem acaricia, e se vingam tendo má vontade para com o mundo e lhe lançando um desafio. As circunstâncias algumas vezes os obrigam a aparentar uma humildade que não têm; mas isso não lhes adapta com graça natural, e mais cedo ou mais tarde seu verdadeiro caráter será certamente exposto. ... OC 112 2 Por que educarão os pais aos filhos de tal maneira que estejam em guerra com os que com eles entram em contato? -- Testimonies for the Church 4:201, 202. Preparando devotos da sociedade OC 112 3 Não devem os filhos ser educados para serem devotos da sociedade. Não devem ser sacrificados a Moloque mas se devem tornar membros da família do Senhor. Os pais devem estar repletos da compaixão de Cristo, a fim de poderem trabalhar pela salvação das almas colocadas sob sua influência. Não devem ter a mente toda ocupada com as modas e práticas do mundo. Não devem ensinar os filhos a assistir a concertos e danças, a fazer festas ou a elas assistir, porque dessa maneira vivem os gentios. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. Permitindo a procura egoísta da felicidade OC 112 4 Há muitos jovens que poderiam ter sido uma bênção para a sociedade e uma honra para a causa de Deus se tivessem sido iniciados na vida com idéias corretas quanto ao que constitui o êxito. Mas em vez de serem controlados pela razão e pelo princípio, têm sido ensinados a ceder à inclinação rebelde, e ensinados somente a satisfazer a si mesmos pela condescendência com o prazer egoísta, pensando assim obter a felicidade. Mas falham em alcançar seu objetivo, pois buscar a felicidade na trilha do egoísmo só trará miséria. São inúteis na sociedade, inúteis na causa de Deus. Sua perspectiva tanto para este mundo como para o futuro é a mais desanimadora, pois pelo amor egoísta do prazer perdem tanto este mundo como o próximo. -- The Youth's Instructor, 20 de Julho de 1893. Pela falta de piedade no lar OC 112 5 Nos supostos lares cristãos, em que era de supor que os pais e mães fossem diligentes estudantes das Escrituras, para poderem conhecer cada especificação e restrição da Palavra de Deus, há manifesta negligência de seguir a instrução da Palavra e de criar os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Professos pais cristãos deixam de praticar a piedade em casa. Como podem pais e mães representar o caráter de Cristo na vida doméstica quando se contentam em alcançar uma norma barata e baixa? O selo do Deus vivo só será colocado sobre os que têm um caráter à semelhança do de Cristo. -- The Review and Herald, 21 de Maio de 1895. Pais obedientes a Deus OC 113 1 O Senhor não justificará o desgoverno dos pais. Centenas de filhos, hoje, enchem as fileiras do inimigo vivendo e trabalhando longe do propósito de Deus. São desobedientes, ingratos, não santificados; mas o pecado jaz à porta de seus pais. Pais cristãos, milhares de filhos estão perecendo em seus pecados devido à falha dos pais em governar sabiamente o lar. Fossem os pais obedientes ao Guia invisível dos exércitos de Israel, cuja glória era velada pela coluna de nuvens, e o infeliz estado de coisas que agora existe em muitas famílias não se veria. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. ------------------------Capítulo 35 -- Como edificar caracteres fortes Dedicar tempo OC 113 2 Os pais recebem o filho nos braços como um fardo indefeso; ele nada sabe e deve ser ensinado a amar a Deus, deve ser criado na doutrina e admoestação do Senhor. Deve ser moldado segundo o modelo divino. OC 113 3 Quando os pais virem a importância de sua obra na educação dos filhos, quando virem que ela envolve interesses eterno, sentirão que devem dedicar seu melhor tempo e pensamento a essa obra. -- The Signs of the Times, 16 de Março de 1891. Compreender os princípios envolvidos OC 113 4 As lições aprendidas, os hábitos formados durante os anos da infância, têm mais que ver com o caráter e a direção da vida do que todas as instruções e educação dos anos posteriores. OC 114 1 Os pais devem considerar isso. Eles precisam compreender os princípios que fundamentam o cuidado e a educação das crianças. Devem ser capazes de criá-las sadias, física, espiritual e moralmente. -- A Ciência do Bom Viver, 380. Evitar a superficialidade OC 114 2 Vivemos numa época em que quase tudo é superficial. Pouca estabilidade e firmeza de caráter há, porque o preparo e a educação das crianças é superficial desde o berço. Seu caráter é edificado sobre areia movediça. A abnegação e o domínio próprio não lhes têm sido moldados no caráter. Têm sido acariciados e mimados até serem estragados para a vida prática. O amor aos prazeres controla a mente, e os filhos são lisonjeados e mimados, para a sua ruína. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. Fortalecer as crianças pela oração e pela fé OC 114 3 Tendes trazido filhos ao mundo que não tiveram voz ativa quanto à sua existência. Tendes vos tornado responsáveis, em grande medida, pela sua felicidade futura, seu bem-estar eterno. Quer o sintais, quer não, sobre vós repousa a responsabilidade de educar esses filhos para Deus -- de vigiar com zeloso cuidado a primeira aproximação do astuto inimigo, e estar preparados para hastear contra ele a bandeira. Levantai uma fortaleza de oração e fé ao redor de vossos filhos, e sobre ela exercei diligente vigilância. Em nenhum momento estais seguros contra os ataques de Satanás. Não tendes tempo para descansar do trabalho vigilante e fervoroso. Não deveis dormir nenhum momento em vosso posto. É esta uma guerra muito importante. Conseqüências eternas estão envolvidas. É questão de vida ou morte para vós e vossa família. -- Testimonies for the Church 2:397, 398. Assumir posição firme e decidida OC 114 4 Os pais têm geralmente confiança demasiada nos filhos; pois muitas vezes, quando estão confiantes neles, eles se acham em encoberta iniqüidade. Pais, vigiai vossos filhos com cuidado. Exortai, reprovai, aconselhai-os ao vos levantardes, e quando estiverdes sentados; quando sairdes e quando entrardes; "mandamento sobre mandamento, ... regra sobre regra: ... um pouco aqui, um pouco ali". Isaías 28:10. Sujeitai vossos filhos enquanto são pequenos. Isso é tristemente negligenciado por muitos pais. Não tomam posição tão firme e decidida como devem com relação aos filhos. -- Testimonies for the Church 1:156. Semear com paciência a semente OC 115 1 "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Gálatas 6:7. Pais, vossa obra é ganhar a confiança de vossos filhos, e, com amor, semear pacientemente a preciosa semente. Fazei vossa obra com contentamento, nunca vos queixando das durezas, cuidados e labores. Se, pelos esforços pacientes, bondosos, semelhantes aos de Cristo, puderdes apresentar uma alma perfeita em Cristo Jesus, vossa vida não terá sido em vão. Conservai vossa alma esperançosa e paciente. Nenhum vestígio de desânimo haja em vossa aparência ou atitude. Tendes em vossa mão a formação de um caráter, pelo auxílio de Deus, que possa trabalhar na vinha do Mestre e ganhar muitas almas para Jesus. Animai sempre vossos filhos a alcançar uma norma elevada em todos os seus atos e tendências. Sede pacientes para com as suas imperfeições, como Deus é paciente convosco nas vossas imperfeições, suportando-vos, velando por vós para que possais dar fruto para a Sua glória. Animai vossos filhos a se esforçarem para acrescentar às suas realizações as virtudes que lhes faltam. -- Manuscrito 136, 1898. Ensinar submissão à lei OC 115 2 Pais e mães, sede sensatos. Ensinai aos vossos filhos que se devem subordinar à lei. -- Manuscrito 49, 1901. OC 115 3 Não é misericórdia ou bondade permitir uma criança seguir seu próprio caminho, submeter-se ao seu domínio e negligenciar corrigi-la sob o pretexto de que a amais demasiado para puni-la. Que espécie de amor é esse que permite a vosso filho desenvolver traços de caráter que a ele e a todos os demais tornarão infelizes? Fora com tal amor! O verdadeiro amor cuidará do bem presente e eterno da alma. -- The Review and Herald, 16 de Julho de 1895. OC 115 4 Que direito têm os pais de trazer filhos ao mundo para deixá-los crescer sem educação e sem o ensino cristão? Os pais devem ser responsáveis. Ensinai-lhes o domínio; ensinai-lhes que devem ser dirigidos e não dirigir. -- Manuscrito 9, 1893. Coordenar o físico, mental e espiritual OC 115 5 As capacidades físicas, mentais e espirituais devem ser desenvolvidas para formar um caráter devidamente equilibrado. As crianças devem ser vigiadas, guardadas e disciplinadas, a fim de alcançar isso com êxito. -- Testimonies for the Church 4:197, 198. OC 116 1 A constituição física de Jesus, bem como Seu desenvolvimento espiritual, são-nos apresentados nestas palavras: "E o Menino crescia e Se fortalecia em espírito." Lucas 2:40. Na infância e na juventude deve-se dar atenção ao desenvolvimento físico. Os pais devem educar os filhos nos bons hábitos de comer, beber, vestir e fazer exercício, para que seja posto um bom fundamento para uma boa saúde na vida posterior. O organismo físico deve receber especial cuidado a fim de que as energias do corpo não sejam atrofiadas, mas desenvolvidas ao máximo. Isso coloca as crianças e os jovens numa posição favorável, de modo que com o devido preparo religioso possam, como Cristo, tornar-se fortes no espírito. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1893. A saúde se relaciona com o intelecto e a moral OC 116 2 A fim de despertar a sensibilidade moral de vossos filhos quanto aos reclamos de Deus sobre eles, deveis imprimir-lhes na mente e no coração como obedecer às leis de Deus em sua constituição física; pois a saúde tem muito que ver com o seu intelecto e moral. Se tiverem saúde e coração puro, então estarão melhor preparados para viver e ser uma bênção para o mundo. Influenciar a mente na direção correta e no tempo certo é obra da máxima importância, pois muito depende da decisão feita no momento crítico. OC 116 3 Quão importante, então, é que o espírito dos pais esteja tão livre quanto possível dos cuidados embaraçosos e cansativos das coisas desnecessárias, para que possam pensar e agir com calma, consideração, sabedoria e amor, fazendo com que a saúde física e moral dos filhos tenham a primeira e a mais alta atenção. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. OC 116 4 Os pais se admiram de que os filhos sejam mais difíceis de controlar do que eram, quando na maioria dos casos o seu próprio trato criminoso os tem tornado assim. A qualidade de alimento que põem à mesa e animam os filhos a comerem lhes está promovendo constantemente as paixões sensuais e enfraquecendo as faculdades morais e intelectuais. -- Pacific Health Journal, Outubro de 1897. Alimento puro é essencial para a mente OC 116 5 Educai as faculdades e o gosto de vossos queridos; procurai ocupar-lhes a mente, para que não haja lugar para condescendências ou pensamentos baixos e degradantes. A graça de Cristo é o único antídoto ou preventivo contra o mal. Se quiserdes, podereis escolher se a mente de vossos filhos se ocupará com pensamentos puros e não corrompidos ou com os males que existem em toda parte -- o orgulho e o esquecimento de seu Redentor. A mente, como o corpo, deve ter alimento puro, para que tenha saúde e força. Dai a vossos filhos algo em que pensar, que esteja fora e acima deles mesmos. A mente que vive numa atmosfera pura e santa não se tornará leviana, frívola, vã e egoísta. -- Carta 27, 1890. OC 117 1 Vivemos num tempo em que tudo o que é falso e superficial é exaltado acima do real, natural e duradouro. Deve a mente ser conservada livre de tudo o que a guiaria numa direção errada. Não deve ser atravancada com histórias sem valor, que não acrescentam força às faculdades mentais. Os pensamentos serão do mesmo caráter que o alimento que provemos para a mente. -- Testimonies for the Church 5:544. Não é suficiente ter intelecto brilhante OC 117 2 Podeis alegrar-vos com o brilhante intelecto de vossos filhos; mas, a não ser que este esteja sob o controle de um coração santificado, operará de encontro à vontade de Deus. Nada além de um elevado senso dos reclamos de Deus sobre nós nos pode dar a devida estabilidade de caráter, penetração de espírito e profundidade de compreensão essenciais ao êxito tanto neste mundo como no mundo por vir. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. Alvos elevados quanto ao desenvolvimento do caráter OC 117 3 Se ensinarmos nossos filhos a serem produtivos, metade do perigo terá passado, pois a ociosidade leva a toda a sorte de tentação ou pecado. Eduquemos nossos filhos a serem simples nas maneiras sem serem ousados, a serem benévolos e a se sacrificarem sem serem extravagantes, a serem econômicos sem se tornarem avaros. E, acima de tudo, ensinemos-lhes as reivindicações de Deus sobre eles, que é seu dever pôr a religião em tudo na vida, que devem amar a Deus acima de todas as coisas, e amar ao próximo, não negligenciando as pequenas cortesias da vida, essenciais à felicidade. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Orar pela sabedoria celestial OC 117 4 Os pais devem refletir, e orar fervorosamente a Deus por sabedoria e auxílio divino, para educarem devidamente os filhos, a fim de que possam desenvolver caráter que Deus aprove. Sua preocupação não deve ser como poderão educar os filhos para que possam ser louvados e honrados pelo mundo, mas como poderão educá-los para formar belo caráter, que Deus possa aprovar. Necessita-se de muita oração por sabedoria celeste e de estudo, para saber como lidar com as mentes juvenis, pois muitíssimo depende da direção que os pais dão ao espírito e à vontade dos filhos. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. Dar orientação moral e espiritual OC 118 1 Os pais devem impressionar-se com sua obrigação de dar ao mundo filhos que tenham caráter bem desenvolvido -- filhos que tenham força moral para resistir à tentação, e cuja vida seja uma honra para Deus e uma bênção para os seus semelhantes. OC 118 2 Os que entram na vida ativa com princípios firmes estarão preparados para permanecer imaculados em meio à poluição moral deste século corrupto. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 75. Ensinar as crianças a fazerem escolhas OC 118 3 Ensinem-se os jovens e crianças a escolher para si aquela veste real tecida nos teares celestiais -- o "linho... puro e resplandecente" (Apocalipse 19:8), que todos os santos da Terra usarão. Tal veste -- o próprio caráter imaculado de Cristo -- é livremente oferecida a todo ser humano. Mas todos os que a recebem, a receberão e usarão aqui. OC 118 4 Ensine-se às crianças que, franqueando elas a mente a pensamentos puros e amoráveis, e praticando ações amáveis e auxiliadoras, estão se vestindo com Suas belas vestes de caráter. Essa as tornará belas e amadas aqui, e será depois sua senha para admissão ao palácio do Rei. -- Educação, 249. ------------------------Capítulo 36 -- Vantagens dos primeiros anos A primeira infância é o período mais importante OC 119 1 Nunca será demais acentuar a importância da educação ministrada à criança em seus primeiros anos. As lições que a criança aprende durante os primeiros sete anos de vida têm mais que ver com a formação do seu caráter que tudo que ela aprenda em anos posteriores. -- Manuscrito 2, 1903. OC 119 2 Desde a infância, o caráter deve ser moldado e formado de acordo com o plano divino. Devem-se infundir virtudes em sua mente que desabrocha. -- The Signs of the Times, 25 de Setembro de 1901. OC 119 3 A obra dos pais deve começar com a criança, na infância, para que esta possa receber o cunho certo de caráter antes que o mundo coloque sua marca na mente e no coração. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. A idade mais adequada OC 119 4 É durante os primeiros anos da vida da criança que sua mente é mais suscetível a impressões, sejam boas ou más. Durante esses anos, faz-se decidido progresso, quer na direção certa, quer na errada. De um lado, muita informação inútil pode ser adquirida; de outro, conhecimento muito sólido e valioso. A força do intelecto, o saber substancial são riquezas que o ouro de Ofir não pode comprar. Seu preço está acima do ouro ou da prata. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 132. As primeiras impressões OC 119 5 Nem as crianças, nem os bebês, nem os jovens devem ouvir uma palavra impaciente do pai, da mãe, ou de qualquer membro da família; pois muito cedo na vida recebem as impressões, e aquilo que os pais deles fazem hoje, eles serão amanhã, e no dia seguinte, e no imediato. As primeiras lições impressas na criança raras vezes são esquecidas. ... OC 119 6 As impressões feitas no coração, no princípio da vida, são vistas em anos posteriores. Podem estar sepultadas, mas raras vezes serão removidas. -- Manuscrito 57, 1897. O fundamento é posto nos primeiros três anos OC 119 7 Mães, estai certas de que disciplinais devidamente vossos filhos durante os seus três primeiros anos de vida. Não lhes permitais formar suas vontades e desejos. A mãe deve ser mente para os filhos. Os três primeiros anos são o tempo para vergar o pequenino rebento. As mães devem compreender a importância desse período. É aí que é posto o fundamento. OC 120 1 Se essas primeiras lições tiverem sido defeituosas, como muito freqüentemente são, por amor de Cristo, por amor ao bem futuro e eterno de vossos filhos, procurai reparar o erro que cometestes. Se esperastes até vossos filhos terem três anos de idade para lhes começar a ensinar o domínio próprio e a obediência, procurai fazê-lo agora, embora seja muito mais difícil. -- Manuscrito 74, 1899. Não é tão difícil OC 120 2 Muita ansiedade e tristeza dos pais poderiam ser poupadas se desde o berço se ensinasse às crianças que sua vontade não deve tornar-se lei, nem serem seus caprichos continuamente satisfeitos. Não é tão difícil, como geralmente se supõe, ensinar a criança a reprimir suas explosões de temperamento e a dominar seus primeiros acessos de raiva. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. Não adiar esse trabalho OC 120 3 Muitos negligenciam seu dever durante os primeiros anos de vida dos filhos, pensando que, quando ficarem mais velhos, então serão muito cuidadosos em reprimir o erro e educá-los no que é direito. Mas o tempo próprio para fazerem essa obra é quando os filhos ainda são bebês em seus braços. Não é direito os pais mimarem e satisfazerem os caprichos dos filhos; tampouco é direito que deles abusem. OC 120 4 Uma atitude firme, decidida e reta, produzirá os melhores resultados. -- Testimonies for the Church 4:313. OC 120 5 Ao chamar a atenção de pais para os maus hábitos que estão incentivando nos seus filhos bem pequenos, alguns deles têm parecido inteiramente indiferentes; outros têm dito com um sorriso: "Queridinhos! Não posso suportar contrariá-los de qualquer maneira. Eles farão melhor quando tiverem mais idade. Então se envergonharão dessas explosões de raiva. Não é bom ser escrupuloso e restrito demais com os pequenos. Eles chegarão à idade de perderem esses hábitos de contar mentiras e enganar, e ser indolentes e egoístas." Maneira verdadeiramente muito fácil de as mães decidirem a questão, mas isso não atende à vontade de Deus. -- Manuscrito 43, 1900. Frustrar os esforços de Satanás OC 120 6 Pais, deixais geralmente de começar vossa obra suficientemente cedo. Permitis que Satanás ocupe o solo do coração, introduzindo a primeira semente. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. OC 120 7 Tendes uma obra a fazer a fim de que Satanás não consiga o domínio de vossos filhos e os arranque de vós antes que estejam fora de vossos braços. Mães, deveis cuidar de que os poderes das trevas não dominem vossos pequeninos. Deveis determinar que o inimigo não hasteará sua perversa bandeira em vosso lar. -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. Preparando também para a vida prática OC 121 1 Poucos há que tomam tempo para considerar cuidadosamente que quantidade de conhecimentos, tanto das coisas temporais como eternas, deve a criança obter durante os seus primeiros doze ou quinze anos. Não somente devem as crianças nesses primeiros anos de vida estar obtendo conhecimentos dos livros, mas devem estar aprendendo as artes essenciais à vida prática; isso não deve ser negligenciado por aquilo. -- Manuscrito 43, 1900. A herança de Napoleão OC 121 2 O caráter de Napoleão foi grandemente influenciado por sua educação na meninice. Instrutores insensatos inspiraram-lhe o amor à conquista, formando os exércitos de brincadeira e o colocando à sua frente, como comandante. Aí foi posto o fundamento de sua carreira de lutas e derramamento de sangue. Fossem os mesmos cuidados e esforços dirigidos para torná-lo um homem bom, imbuindo-lhe o jovem coração do espírito do Evangelho, e quão amplamente diversa poderia ter sido sua história! -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910. Hume e Voltaire OC 121 3 Diz-se que Hume, o cético, era em seus primeiros anos um crente consciencioso na Palavra de Deus. Estando ligado a uma sociedade de debates, foi-lhe designado apresentar os argumentos em favor da incredulidade. Estudou com afinco e perseverança, e sua mente perspicaz e ativa ficou imbuída dos sofismas do ceticismo. Dentro em pouco, começou a crer nos seus enganosos ensinos, e toda a sua vida posterior apresentou a negra marca da infidelidade. OC 121 4 Quando Voltaire tinha cinco anos, decorou um poema incrédulo, e a perniciosa influência nunca se apagou de sua mente. Tornou-se um dos agentes de maior êxito de Satanás para desviar os homens de Deus. Milhares se levantarão no juízo e atribuirão ao incrédulo Voltaire a ruína de sua alma. OC 121 5 Pelos pensamentos e sentimentos alimentados nos primeiros anos, cada jovem determina a história de sua vida. Os hábitos corretos, virtuosos e varonis formados na juventude, tornar-se-ão uma parte do caráter, e geralmente determinarão a conduta do indivíduo em toda a vida. Os jovens podem tornar-se viciados ou virtuosos, segundo sua escolha. Também podem ser distinguidos por atos verdadeiros e nobres, bem como por grandes crimes e impiedade. -- The Signs of the Times, 11 de Outubro de 1910. A recompensa de Ana OC 122 1 A cada mãe são confiadas oportunidades de inestimável valor e interesses infinitamente preciosos. Durante os primeiros três anos de vida do profeta Samuel, sua mãe lhe ensinou cuidadosamente a distinguir entre o bem e o mal. Por meio de todo objeto familiar de que estava rodeado, ela procurou levar-lhe os pensamentos para o Criador. Cumprindo o voto de dar o filho ao Senhor, com grande abnegação ela o colocou sob o cuidado de Eli, o sumo sacerdote, para ser educado para o serviço da casa de Deus. ... Seu preparo precoce levou-o a escolher manter sua integridade cristã. Que recompensa a de Ana! E que incentivo para a fidelidade o seu exemplo! -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1904. Como o espírito de José foi protegido OC 122 2 As lições dadas por Jacó a José em sua juventude, ao expressar sua firme confiança em Deus e lhe relatar freqüentemente as preciosas evidências de Sua amorável bondade e Sua contínua cuidado foram justamente as de que necessitava no exílio entre um povo idólatra. No tempo de prova pôs essas lições em uso prático. Estando sob provas severas, buscou seu Pai celestial, em quem havia aprendido a confiar. Tivessem os preceitos e o exemplo do pai de José sido de um caráter oposto, e a pena inspirada jamais teria registrado nas páginas da história sagrada a história de integridade e virtude que irradia do caráter de José. As primeiras impressões feitas sobre sua mente protegeram-lhe o coração na hora da feroz tentação e o levaram a exclamar: "Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?" Gênesis 39:9. -- Good Health, Janeiro de 1880. Frutos de um ensino sábio OC 122 3 Triste fato é que qualquer fraqueza e indecisão por parte da mãe é imediatamente vista pelos filhos, e o tentador opera então sobre sua mente, levando-os a persistir em seguir suas inclinações. Se os pais cultivassem as qualidades necessárias, para usarem no devido ensino dos filhos, se apresentassem claramente diante deles as regras que eles devem seguir, não permitindo que essas regras fossem quebradas, o Senhor cooperaria com os pais e os filhos e os abençoariam. -- Manuscrito 133, 1898. OC 122 4 Muito cedo na vida tornam-se os filhos suscetíveis às influências corruptoras, mas pais que professam ser cristãos, parecem não discernir o mal de sua própria maneira de governar. Oh, se eles reconhecessem que a direção que estão dando à criança, em seus primeiros anos, imprime certa tendência ao caráter, e forma o destino tanto para a vida eterna como para a morte eterna! As crianças são suscetíveis às impressões morais e espirituais. E os que são sabiamente ensinados na meninice podem errar às vezes, mas não irão longe demais. -- The Signs of the Times, 16 de Abril de 1896. ------------------------Capítulo 37 -- O poder do hábito Como se estabelecem os hábitos OC 123 1 Qualquer ato de alguém, seja bom ou mau, não forma o caráter. Mas os pensamentos e sentimentos acariciados preparam o caminho para atos e feitos da mesma espécie. -- The Youth's Instructor, 15 de Dezembro de 1886. OC 123 2 É ... pela repetição de atos que se formam os hábitos e o caráter é confirmado. -- The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1912. Tempo para estabelecer hábitos bons OC 123 3 É em grande medida nos primeiros anos que o caráter é formado. Os hábitos então estabelecidos têm mais influência do que qualquer dote natural em tornar os homens, gigantes ou anões no intelecto; pois até os melhores talentos podem pelos hábitos maus tornarem-se pervertidos e enfraquecidos. Quanto mais cedo na vida alguém contrai hábitos prejudiciais, com tanto mais firmeza estes conservarão sua vítima na escravidão e com tanto mais certeza eles abaixarão sua norma de espiritualidade. Do outro lado, se se formarem hábitos corretos e virtuosos na juventude, esses geralmente determinarão o rumo de seu possuidor por toda a vida. Na maioria dos casos, verificar-se-á que os que na vida posterior reverenciam a Deus, e honram ao direito, aprenderam essa lição antes que houvesse tempo para o mundo estampar suas imagens de pecado na alma. Os de idade madura geralmente são tão insensíveis às novas impressões como a rocha endurecida, mas o jovem é suscetível de receber impressões. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 45. Hábitos podem ser modificados, mas raramente mudados OC 124 1 O que a criança vê e ouve produz impressões profundas na mente tenra que nenhuma circunstância posterior da vida poderá desfazer completamente. O intelecto está agora tomando forma e os afetos recebendo direção e força. Atos repetidos em dado sentido tornam-se hábitos. Esses podem ser modificados por uma educação severa, na vida posterior, mas raras vezes são mudados. -- Good Health, Janeiro de 1880. OC 124 2 Uma vez formados, os hábitos tornam-se cada vez mais firmemente arraigados no caráter. O intelecto está continuamente recebendo sua forma das oportunidades e vantagens bem ou mal aproveitadas. Dia a dia, formamos caráter que põe os estudantes como soldados bem disciplinados, sob a bandeira do Príncipe Emanuel, ou, como rebeldes, sob a bandeira do príncipe das trevas. Qual será? -- Manuscrito 69, 1897. Esforço perseverante OC 124 3 O que uma vez nos aventuramos a fazer, somos mais aptos para fazer outra vez. Os hábitos de sobriedade, domínio próprio, economia, minuciosa atenção, conversa sadia e sensata, paciência e verdadeira cortesia não se formam sem vigilância diligente e contínua sobre o eu. É muito mais fácil tornar-se corrompido e depravado do que vencer os defeitos, conservando o eu sob controle e mantendo as verdadeiras virtudes. Exigir-se-ão perseverantes esforços se as graças cristãs jamais forem aperfeiçoadas em nossa vida. -- Testimonies for the Church 4:452. Crianças corrompidas põem outras em perigo OC 124 4 Os pais tementes a Deus deliberarão e planejarão quanto à maneira de educar os filhos em hábitos corretos. Escolherão companheiros para os filhos, em vez de deixar que estes, em sua inexperiência, os escolham por si mesmos. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. OC 124 5 Se, na primeira infância, os filhos não são perseverante e pacientemente educados no caminho direito, formarão hábitos maus. Esses hábitos se desenvolverão em sua vida futura e corromperão aos outros. Aqueles cuja mente recebeu um molde inferior, e que tem sido barateada pelas influências errôneas do lar, pelas práticas enganosas, levam consigo seus maus hábitos por toda a vida. Se professarem uma religião, esses hábitos se revelarão em sua vida religiosa. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. O rei Saul, um triste exemplo OC 125 1 A história do primeiro rei de Israel apresenta um triste exemplo do poder dos maus hábitos nos verdes anos. Em sua mocidade Saul não amou nem temeu a Deus; e aquele espírito impetuoso, não adestrado à submissão em seus primeiros anos, estava sempre pronto para rebelar-se contra a autoridade divina. Aqueles que em sua juventude acalentam uma santa consideração pela vontade de Deus, e que fielmente cumprem os deveres de seu cargo, estarão preparados para o serviço mais elevado na vida posterior. Mas os homens não podem perverter as faculdades que Deus lhes deu durante anos, e então, quando quiserem efetuar uma mudança em si, encontrar tais faculdades frescas e desembaraçadas para seguirem um caminho inteiramente oposto. -- Patriarcas e Profetas, 622. OC 125 2 A criança pode receber instrução religiosa sadia; mas se os pais, professores ou tutores permitirem que seu caráter seja influenciado por um hábito mau, esse hábito, se não for vencido, se tornará uma força predominante; e a criança estará perdida. -- Testimonies for the Church 5:53. As pequeninas ações são importantes OC 125 3 Cada atitude tem caráter e importância duplos. É virtuosa ou viciosa, certa ou errada, segundo o motivo que a impele. Uma ação errada, pela repetição freqüente, deixa uma impressão perene na mente de quem a pratica, e também na dos que com ela estão ligados em qualquer relação, seja espiritual ou temporal. Os pais ou professores que não dão atenção às pequeninas ações erradas estabelecem esses hábitos na juventude. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1898. OC 125 4 Cumpre aos pais lidarem fielmente com as almas a eles confiadas. Não devem animar nos filhos o orgulho, o desperdício, ou amor da ostentação. Não lhes devem ensinar, nem consentir que aprendam pequenas travessuras que parecem divertidas nos pequeninos, mas que terão de desaprender e pelas quais terão de ser corrigidos quando forem mais velhos. -- Testemunhos Selectos 1:146. OC 125 5 Pequenos gracejos e erros podem parecer divertidos quando a criança ainda é um bebê, e podem ser permitidos e incentivados, mas, à medida que a criança cresce, tornam-se motivo de desgosto, e ofensivos. -- Carta 1, 1877. Os maus hábitos são mais fáceis de formar OC 125 6 Todo o conhecimento que possam adquirir jamais desfará o mau resultado da disciplina frouxa na meninice. Uma negligência freqüentemente repetida forma o hábito. Um ato errado prepara o caminho para outro. Os maus hábitos são mais fáceis de formar que os bons, e são mais difíceis de abandonar. -- The Review and Herald, 5 de Dezembro de 1899. OC 126 1 As crianças novas, deixadas a si mesmas, aprende o mal mais depressa que o bem. Os maus hábitos se harmonizam melhor com o coração natural, e as coisas que elas vêem ou ouvem na infância e na meninice, são-lhes profundamente incutidas na mente. -- Pacific Health Journal, Setembro de 1897. Os primeiros atos decidem a vitória ou a derrota OC 126 2 Seremos individualmente, para o tempo e a eternidade, o que os nossos hábitos fizerem de nós. A vida dos que formam bons hábitos e são fiéis no cumprimento de todo o dever será como luz brilhante, lançando raios vivos na senda dos outros; caso, porém, haja condescendência com hábitos de infidelidade, se se permitem fortalecer os hábitos frouxos, indolentes e descuidados, assentará sobre as perspectivas dessa vida uma nuvem mais sombria que a meia-noite, a qual excluirá para sempre a vida futura. -- Testemunhos Selectos 1:604, 605. OC 126 3 Na infância e mocidade, o caráter é extremamente impressionável. Deve ser adquirido então o domínio próprio. Exercem-se, no círculo de família, ao redor da mesa, influências cujos resultados são duradouros como a eternidade. Acima de quaisquer dotes naturais, os hábitos estabelecidos nos primeiros anos decidem se a pessoa será vitoriosa ou vencida na batalha da vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 101. ------------------------Capítulo 38 -- Idade escolar e temperamento Não ter pressa em tirar as crianças da infância OC 126 4 Nunca devem os pais ter pressa em fazer as crianças saírem da infância. Sejam as lições que lhes são dadas de tal caráter que lhes inspirem o coração com propósitos nobres; mas sejam crianças e cresçam com aquela simples confiança, candura e veracidade que as prepara para entrar no reino do Céu. -- Good Health, Março de 1880. Há uma beleza em cada período OC 127 1 Pais e professores devem ter como objetivo cultivar as tendências da juventude, de tal maneira que em cada estágio da vida possa representar a beleza apropriada àquele período, a desdobrar-se naturalmente, como fazem as plantas no jardim. -- Educação, 107. OC 127 2 Uma das mais belas e impressionantes parábolas de Cristo, é a do Semeador e da Semente. ... As verdades que essa parábola ensina se fizeram uma viva realidade na própria vida de Cristo. Tanto em Sua natureza física como na espiritual, Ele seguiu a ordem divina para o crescimento, ilustrada pela planta, conforme Ele deseja que todo o jovem faça. Embora fosse a Majestade do Céu, o Rei da glória, fez-Se um bebê em Belém, e durante algum tempo representou a indefesa criança sob os cuidados da mãe. OC 127 3 Na infância Jesus fez os trabalhos de uma criança obediente. Falava e agia com a sabedoria de criança e não de homem, honrando a Seus pais e realizando seus desejos de modo a auxiliá-los, conforme a habilidade de uma criança. No entanto, em cada estágio de seu desenvolvimento Ele era perfeito, com a graça simples, natural, de uma vida sem pecado. O relato sagrado a respeito de Sua infância diz: "E o Menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Lucas 2:40. E quanto à Sua juventude acha-se registrado: "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." Lucas 2:52. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 140, 141. A diversidade de disposição entre os membros da família OC 127 4 Freqüentemente, existe na mesma família acentuada diversidade de disposição e de caráter, pois está no plano de Deus que pessoas de temperamento variado se associem umas às outras. Quando assim se dá, todo o membro da família deve considerar sagradamente os sentimentos e respeitar o direito dos outros. Dessa maneira serão cultivadas a consideração mútua e a paciência, os preconceitos serão abrandados e aplainadas as arestas do caráter. Pode-se alcançar harmonia, e a fusão dos vários temperamentos pode ser um benefício para cada um. -- The Signs of the Times, 9 de Setembro de 1886. Estudar a mente e o caráter individuais OC 128 1 Cada criança trazida ao mundo aumenta a responsabilidade dos pais. ... Sua disposição, suas tendências, seus traços de caráter devem ser estudados. Com muito cuidado as faculdades de discriminação dos pais devem ser educadas, para que estejam habilitados a reprimir as más tendências e incentivar as impressões certas e princípios corretos. OC 128 2 Essa obra não requer violência ou aspereza. O domínio próprio deve ser cultivado e deixar sua impressão na mente e no coração da criança. -- Manuscrito 12, 1898. OC 128 3 É obra muito bela lidar com mentes humanas. Nem todas as crianças podem ser tratadas da mesma maneira, pois a restrição que deve ser mantida sobre uma destruiria a vida de outra. -- Manuscrito 32, 1899. Estimular os traços fracos; reprimir os errados OC 128 4 Há poucas mentes bem equilibradas, porque os pais são iniquamente negligentes quanto ao dever de estimular os traços fracos e reprimir os errados. Não se lembram de que estão sob a mais solene obrigação de observar as tendências de cada criança, de que é seu dever educar os filhos nos bons hábitos e nas maneiras certas de pensar. -- The Signs of the Times, 31 de Janeiro de 1884. Conhecer a disposição de cada criança OC 128 5 As crianças precisam ter constante cuidado, mas não necessitais deixá-las ver que as estais sempre vigiando. Conhecei a disposição de cada uma delas, segundo se revela em sua associação uma com a outra, e então procurai corrigir-lhes as faltas, incentivando os traços opostos. Deve-se ensinar às crianças que tanto o desenvolvimento das faculdades físicas como mentais repousa sobre elas; é resultado do esforço. Cedo devem aprender que não é na satisfação egoísta que se encontra a felicidade; essa vem apenas na esteira do dever. Ao mesmo tempo deve a mãe procurar tornar as crianças felizes. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Necessidades mentais: tão importantes quanto as físicas OC 128 6 Alguns pais atendem cuidadosamente às necessidades temporais dos filhos; tratam-nos fiel e bondosamente na enfermidade, e pensam então haver cumprido o seu dever. Nisso se enganam. Sua obra apenas começou. Importa cuidarem das necessidades do espírito. Requer-se habilidade para aplicar os remédios apropriados para curar uma mente magoada. OC 128 7 As crianças têm provações tão difíceis de suportar, tão penosas em sua natureza, como as pessoas de mais idade. Os próprios pais não se sentem sempre da mesma maneira. Seu espírito se acha muitas vezes perplexo. Agem movidos por pontos de vista e sentimentos errados. Satanás os esbofeteia e cedem-lhe às tentações. Falam irritados, e de maneira a inflamar a ira dos filhos, e são às vezes exigentes e frenéticos. As pobres crianças partilham do mesmo espírito e os pais não se acham preparados para as ajudar; pois foram a causa do mal. Por vezes tudo parece ir torto. Há irritação ao redor, e todos passam momentos deploráveis e infelizes. Os pais lançam a culpa aos pobres filhos, e julgam-nos muito desobedientes e indisciplinados, as piores crianças do mundo, quando a causa da perturbação encontra-se neles próprios. -- Testemunhos Selectos 1:132. Animar a amabilidade OC 129 1 A mente mal-equilibrada, o temperamento precipitado, o mau humor, a inveja, o ciúme testificam da negligência paterna. Esses maus traços de caráter trazem grande infelicidade aos que os possuem. Quantos deixam de receber dos companheiros e amigos o amor que poderiam obter, se fossem mais amáveis! Quantos criam dificuldades onde quer que vão, e em tudo em que se empenham!. -- Fundamentos da Educação Cristã, 67. Temperamentos variados, disciplina variada OC 129 2 A crianças têm temperamentos diferentes e nem sempre os pais podem aplicar a cada uma a mesma maneira de disciplina. Há diversas classes de espíritos, e eles devem ser estudados com oração, para que possam ser moldados de tal maneira que realizem o propósito designado por Deus. -- Good Health, Julho de 1880. OC 129 3 Mães, ... tomai tempo para vos familiarizardes com vossos filhos. Estudai-lhes a disposição e o temperamento, para que saibais como lidar com eles. Algumas crianças necessitam mais de atenção do que outras. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. Lidar com crianças nada promissoras OC 129 4 Há algumas crianças que necessitam, mais do que outras, disciplina paciente e benévolo ensino. Receberam como legado traços de caráter não promissores, e por causa disso necessitam de mais simpatia e amor. Mediante trabalho perseverante esses transviados podem preparar-se para um lugar na obra do Mestre. Podem possuir faculdades não desenvolvidas, as quais, despertadas, habilitá-los-ão a preencher lugares muito antes do que aqueles de quem mais se esperou. OC 129 5 Se tendes filhos de natureza peculiar, não caia por tal motivo sobre sua vida o peso do desânimo. Não deve haver ordens dadas em alta voz, palavras descorteses e iradas, nem expressões ásperas, severas ou sombrias. Auxiliai-os, manifestando perdão e simpatia. Fortalecei-os com palavras amoráveis e ações bondosas, a fim de que vençam seus defeitos de caráter. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 115, 116. É possível ensinar muito OC 130 1 Tão logo a mãe ame a Jesus, deseja educar os filhos para Ele. Podeis educar a disposição da criança nos seus primeiros anos, muito mais do que pensais. Esse precioso nome de Jesus deve ser uma palavra familiar. -- Manuscrito 17, 1893. ------------------------Capítulo 39 -- A vontade: um fator de êxito O poder da vontade OC 130 2 A vontade é o poder que governa a natureza do homem, trazendo todas as outras faculdades sob sua influência. A vontade não é gosto ou inclinação, mas é o poder de decidir, que opera nos filhos dos homens para a obediência a Deus ou para a desobediência. -- Testimonies for the Church 5:513. OC 130 3 Toda a criança deve compreender a verdadeira força de vontade. Cumpre que seja levada a ver quão grande é a responsabilidade envolvida nesse dom. A vontade é ... a força para a decisão, ou escolha. -- Educação, 289. Êxito ao submeter a vontade a Deus OC 130 4 Todo o ser humano dotado de razão tem o poder de escolher o que é reto. Em cada incidente da vida, a Palavra de Deus para nós é: "Escolhei hoje a quem sirvais." Josué 24:15. Cada qual pode pôr a sua vontade ao lado da vontade de Deus, pode optar pela obediência a Ele e, ligando-se assim com as forças divinas, colocar-se onde nada o poderá forçar a praticar o mal. Em cada jovem e criança há o poder de, mediante o auxílio de Deus, formar um caráter íntegro e viver uma vida de utilidade. OC 130 5 O pai ou professor que com tais instruções ensine à criança o governo de si mesma, será da maior utilidade e terá um êxito permanente. Para o observador superficial, o seu trabalho pode não mostrar o verdadeiro valor; poderá deixar de ser estimado em tão grande conta como o daquele que retém o espírito e a vontade da criança sob uma autoridade absoluta; entretanto, os anos vindouros demonstrarão o resultado do melhor método de ensino. -- Educação, 289. Não enfraquecer, mas dirigir a vontade da criança OC 131 1 Poupai toda força da vontade, pois que o ser humano necessita de toda ela, mas dai-lhe a devida direção. Tratai-a com sabedoria e ternura, como um tesouro sagrado. Não a despedaceis; antes, mediante preceito e verdadeiro exemplo, moldai-a sabiamente até que a criança chegue aos anos em que será responsável por si mesma. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 116. OC 131 2 Cedo as crianças devem ser ensinadas a submeter sua vontade e inclinação à vontade e à autoridade dos pais. Quando estes ensinam aos filhos essa lição, estão-nos educando a se submeterem à vontade de Deus e obedecerem aos seus reclamos, e preparando-os para serem membros da família de Cristo. -- Manuscrito 119, 1899. Guiados, não esmagados OC 131 3 Dirigir o desenvolvimento da criança, sem estorvá-lo por meio de um governo indevido, deve ser objeto de estudo tanto por parte do pai como do professor. As regras demasiadas são coisa tão ruim como a deficiência delas. O esforço para se "quebrar a vontade" de uma criança é um erro terrível. Os espíritos são constituídos diferentemente; conquanto a força possa conseguir uma submissão aparente, com muitas crianças o resultado é uma mais decidida rebelião do coração. Mesmo que o pai ou o professor consiga impor a sujeição que deseja, o desfecho poderá ser não menos desastroso para a criança. ... OC 131 4 Desde que a renúncia da vontade é muito mais difícil a alguns alunos do que a outros, o professor deve fazer com que a obediência às suas exigências seja tão fácil quanto possível. A vontade deve ser dirigida e modelada, mas não ignorada ou esmagada. -- Educação, 288, 289. Guiar; nunca forçar OC 131 5 Permiti que os filhos sob o vosso cuidado tenham uma individualidade, como vós mesmos. Sempre procurai guiá-los, mas nunca forçá-los. -- Testimonies for the Church 5:653. O exercício da vontade fortalece o espírito OC 131 6 Uma criança pode ser ensinada de maneira a... não ter vontade própria. Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, está sujeita a de seu mestre. As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos. Não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi chamada a expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito à sua constituição peculiar, e à sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 74. Quando há um choque de vontades OC 132 1 Se a criança tem vontade inflexível, a mãe reconhecerá, se é que compreende a sua responsabilidade, que essa vontade obstinada faz parte da herança que ela lhe deu. Não considerará sua vontade como algo que deva ser quebrado. Tempos há em que a determinação da mãe encontra a determinação do filho, em que a vontade firme e madura da mãe encontra a vontade absurda da criança, e em que ou a mãe governa, devido a sua vantagem de idade e experiência, ou há o governo da vontade mais velha pela vontade mais nova e indisciplinada da criança. Em tais ocasiões, há necessidade de grande sabedoria; pois pelo trato insensato, por severa compulsão, a criança pode ser estragada para esta vida e para a futura. Pela falta de sabedoria tudo pode estar perdido. OC 132 2 É esta uma crise que raras vezes se deve permitir chegar, pois tanto a mãe como a criança terão uma luta árdua. Grande cuidado deve-se ter em evitar tal fato. Mas uma vez que se entre em tal questão, a criança deve ser levada a ceder ante a sabedoria superior do pai. A mãe deve conservar suas palavras sob perfeito controle. Não deve haver ordens em voz alta. Nada deve ser feito que desenvolva na criança o espírito de desafio. A mãe deve estudar como lidar com ela de tal maneira que seja atraída a Jesus; deve orar com fé para que Satanás não seja vitorioso sobre a vontade da criança. Os anjos celestiais vigiam a cena. OC 132 3 A mãe deve reconhecer que Deus é seu ajudador, que o amor é o seu êxito, seu poder. Se for sábia cristã, não tentará forçar a criança à submissão. Orará; e ao orar, terá consciência de uma renovação da vida espiritual em si mesma. E verá, ao mesmo tempo, que o poder que está operando nela, opera também no filho. E a criança, em vez de ser compelida, é guiada e se torna mais dócil; e é ganha a batalha. Todo o pensamento bondoso, toda a ação paciente, toda a palavra de sábia restrição, são como maçãs de ouro em salvas de prata. A mãe alcançou uma vitória tão preciosa que a linguagem não pode exprimir. Alcançou renovada luz e crescente experiência. A "luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo" (João 1:9), submeteu-lhe a vontade. Há paz depois da tempestade, como o brilho do Sol depois da chuva. -- Carta 55, 1902. Os pais devem manter sentimentos juvenis OC 133 1 Muito poucos reconhecem a importância de conservar, tanto quanto possível, seus sentimentos juvenis, e não se tornarem de natureza áspera e antipática. Deus Se agradaria de ver os pais misturarem a graciosa simplicidade da criança com a força, a sabedoria e a maturidade de homens e mulheres. Muitos nunca tiveram uma infância genuína. Jamais aproveitaram a liberdade, a simplicidade, a frescura da vida que desabrochava. Eram repreendidos e repelidos, reprovados e espancados, até que a inocência e a franqueza confiante da criança foi trocada pelo medo, pela inveja, pelo ciúme e pela falsidade. Tais pessoas raramente têm as características que tornarão feliz a infância de seus queridos. -- Good Health, Março de 1880. Um grande erro OC 133 2 Grande erro é cometido quando as rédeas do domínio são colocadas nas mãos da criança, e lhe é permitido ter o governo e domínio do lar. Isso dá indevida direção a esta coisa maravilhosa -- o poder da vontade. Mas isso tem sido e continuará a ser feito porque os pais e mães estão cegos no discernimento e no cálculo. -- Manuscrito 126, 1897. Uma mãe que capitulou ante o filho que chorava OC 133 3 Vosso filho ... precisa que a mão da sabedoria o guie corretamente. Tem-lhe sido permitido chorar pelo que quer, até que isso para ele se tornasse um hábito. É-lhe permitido chorar pelo pai. Freqüentes vezes, em sua presença foi dito a outros como chora pelo pai, a ponto de ele fazer disso um motivo para chorar. Tivesse eu vosso filho, e em três semanas ele estaria transformado. Eu lhe faria compreender que minha palavra era lei, e bondosa mas firmemente levaria a cabo meu propósito. Não submeteria minha vontade à vontade da criança. Tendes um trabalho a fazer aqui, e muito tendes perdido por não executá-lo antes. -- Carta 5, 1884. A vida infeliz da criança estragada OC 133 4 Toda criança que não é disciplinada cuidadosamente e com oração será infeliz nesse tempo de prova, e formará tão desagradáveis traços de caráter que o Senhor não a poderá unir à Sua família no Céu. Durante toda a vida da criança estragada, há um fardo muito grande a ser levado. Nas provas, nos desapontamentos, nas tentações, ela seguirá a sua vontade indisciplinada e mal dirigida. -- Manuscrito 126, 1897. OC 134 1 As crianças a quem se permite seguir seu próprio rumo não são felizes. O coração não domado não tem em si os elementos de descanso e contentamento. O espírito e o coração devem ser disciplinados e postos sob a devida restrição, a fim de que o caráter se harmonize com as sábias leis que governam nosso ser. Inquietação e descontentamento são os frutos da condescendência e do egoísmo. -- Testimonies for the Church 4:202. A base de muitas provas OC 134 2 As tristes provas que se demonstram tão perigosas para a prosperidade da igreja, e que fazem com que o descrente tropece e se desvie com dúvidas e insatisfação geralmente provêm de um espírito não domado e rebelde, fruto da condescendência paterna na distante juventude. Quantas vidas têm sido arruinadas, quantos crimes são cometidos sob a influência de um acesso repentino que bem poderia ter sido cortado na infância, quando a mente era suscetível, quando o coração era facilmente influenciado pelo direito e estava sujeito à vontade de uma mãe amorável! O preparo deficiente da criança é o fundamento de uma vasta soma de miséria moral. -- Testimonies for the Church 4:202. ------------------------Capítulo 40 -- Demonstrar os princípios cristãos Os filhos imitarão os pais OC 134 3 Pais e mães, vós sois professores; vossos filhos são os alunos. Vosso tom de voz, vosso comportamento, vosso espírito são imitados pelos vossos pequenos. -- The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. OC 134 4 Os filhos imitam os pais; deve-se, portanto, tomar muito cuidado para lhes dar modelos corretos. Os pais que são bondosos e delicados em casa, ao mesmo tempo que são firmes e decididos, verão os mesmos traços manifestar-se nos filhos. Se são corretos, honestos e honrados, é bem provável que os filhos com eles se assemelhem nesse particular. Caso reverenciem e adorem a Deus, seus filhos, educados da mesma maneira, não se esquecerão de servi-Lo também. -- Testimonies for the Church 5:319, 320. OC 135 1 Na família, os pais e mães devem sempre apresentar aos filhos o exemplo que desejam seja imitado. Devem manifestar um para com o outro terno respeito na palavra, no olhar e na ação. Devem tornar manifesto que o Espírito Santo os está controlando, representando ante os filhos o caráter de Jesus Cristo. Forte é o poder da imitação; e na infância e na juventude, quando essa faculdade é muito ativa, deve ser apresentado aos jovens um modelo perfeito. Os filhos devem ter confiança nos pais, e assim receber as lições que estes lhes vierem a inculcar. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. Ensinar por preceito e exemplo OC 135 2 Ao educar os filhos, a mãe está numa contínua escola. Ao mesmo tempo em que ensina os filhos, ela mesma está aprendendo diariamente. As lições de domínio próprio que dá aos filhos, ela mesma deve praticar. Ao lidar com a mentalidade e a disposição de ânimo variadas dos filhos, precisa de vivo poder de percepção, ou correrá o perigo de fazer juízo falso, ou de tratar os filhos com parcialidade. Se quiser que os filhos sejam corteses e bondosos, deve praticar a lei da bondade na vida doméstica. Assim lhes são repetidas, diariamente, lições por preceito e pelo exemplo. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. OC 135 3 Na escola, os professores farão algo no sentido de educar vossos filhos, mas o vosso exemplo fará mais do que o que pode ser realizado por qualquer outro meio. Vossa conversa, a maneira em que tratais vossos assuntos comerciais, os gostos e aversões que exprimis, tudo isso ajuda a moldar o caráter. O temperamento bondoso, o domínio próprio, a presença de espírito, a cortesia que os filhos vêem em vós, ser-lhes-ão lições diárias. Como o tempo, essa educação está sempre prosseguindo, a tendência dessa aula diária deve tornar vosso filho o que este será. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. OC 135 4 Cuidai para não serdes rudes com vossos filhos. ... Exigi obediência. E não lhes faleis descuidadamente, porque vossas maneiras e palavras são seu livro de texto. Ajudai-os gentilmente, ternamente, nesse período de sua vida. Deixai que a luz de vossa presença brilhe em seu coração. Esses meninos e meninas em crescimento são muito sensíveis, e pela aspereza podeis estragar-lhes toda a vida. Sede cuidadosas, mães; nunca ralheis, pois isso nunca ajuda. -- Manuscrito 127, 1898. Os pais devem ser modelos de domínio próprio OC 135 5 As crianças devem ser mantidas tão livres de agitação quanto possível; deve, portanto, a mãe ser calma e não precipitada, livre de toda a irritação e nervosa pressa. Essa é uma escola de disciplina tanto para ela como para a criança. Enquanto ensina a lição de abnegação aos pequeninos, está se educando para ser um modelo para os filhos. Ao mesmo tempo em que, com terno interesse, trabalha no solo de seu coração, para poder subjugar as inclinações pecaminosas naturais, ela está cultivando as graças do Espírito em suas próprias palavras e em seu próprio comportamento as graças do Espírito. -- Manuscrito 43, 1900. OC 136 1 Uma vitória alcançada sobre vós mesmos será de grande valor e uma animação para vossos filhos. Podeis estar em terreno vantajoso dizendo: Sou lavoura de Deus; sou edifício de Deus. Coloco-me sob Sua mão, para ser moldado à semelhança divina, de modo a poder ser um coobreiro de Deus na formação do espírito e do caráter de meus filhos, para que lhes seja mais fácil andar no caminho do Senhor. ... Pais e mães, quando puderdes dominar a vós mesmos, alcançareis grandes vitórias no controle de vossos filhos. -- Carta 75, 1898. Os frutos do domínio próprio OC 136 2 Pais, cada vez que perdeis o domínio próprio e falais e agis impacientemente, pecais contra Deus. O anjo relator escreve toda a palavra impaciente e descuidada pronunciada diante deles negligentemente ou por brincadeira; a toda a palavra que não é pura e elevada, ele marca uma nódoa contra o vosso caráter cristão. Falai bondosamente aos vossos filhos. Lembrai-vos de quão sensíveis sois, e quão pouco podeis suportar ser censurados, e não ponhais sobre eles aquilo que não podeis tolerar; pois eles são mais fracos do que vós e não poderão suportar tanto assim. Os frutos do domínio próprio, gentileza e capricho de vossa parte serão centuplicados. OC 136 3 Vossas palavras sejam sempre agradáveis e alegres, como raios de Sol em vossa família. -- The Signs of the Times, 10 de Abril de 1884. OC 136 4 Se os pais desejam que os filhos sejam corretos e procedam corretamente, eles mesmos devem ser corretos, tanto na teoria como na prática. -- Good Health, Janeiro de 1880. Crianças influenciadas pelos professos cristãos OC 136 5 Há filhos de observadores do sábado que desde a juventude têm sido ensinados a observar o sábado. Alguns deles são filhos muito bons, fiéis ao dever, no que concerne às questões temporais, mas não sentem uma profunda convicção do pecado, nem a necessidade de se arrependerem dele. Estes estão em condição perigosa. Estão observando o comportamento e os esforços de professos cristãos. Vêem alguns que fazem elevada profissão, mas que não são cristãos conscienciosos, e comparam seus próprios pontos de vista e ações com essas pedras de tropeço; e como não há pecados salientes em sua vida, gabam-se de estarem quase corretos. -- Testimonies for the Church 4:40. OC 137 1 O fato de que o ensino das Escrituras não tem maior efeito sobre a juventude é devido a que tantos pais e mestres professem crer na Palavra de Deus, enquanto sua vida nega o poder dela. Às vezes, os jovens são levados a sentir o poder da Palavra. Vêem a preciosidade do amor de Cristo. Vêem a beleza de Seu caráter, as possibilidades de uma vida dada a Seu serviço. Mas, em contraste, vêem eles a vida dos que professam reverenciar os preceitos de Deus. -- Educação, 259. Os pais devem dizer "não" à tentação OC 137 2 Mães, não seguindo às práticas do mundo, podeis apresentar aos vossos filhos um exemplo de fidelidade a Deus, ensinando-lhes assim a dizer não. Ensinai aos vossos filhos a significação do preceito: "Se os pecadores, ... te quiserem tentar, não consintas." Provérbios 1:10. Mas se quiserdes que vossos filhos sejam capazes de dizer não à tentação, vós mesmas deveis ser capazes de fazê-lo. É tão necessário ao homem dizer não, como à criança. -- The Review and Herald, 31 de Março de 1891. Exemplos de gentileza OC 137 3 Pais, sede bondosos e amáveis para com vossos filhos, e eles aprenderão a ser gentis. Demonstremos em nosso lar que somos cristãos. Considero sem valor a profissão que não é exemplificada no lar, em bondade, tolerância e amor. -- Manuscrito 97, 1909. Cuidar tanto do tom da voz como das palavras OC 137 4 Não permitais que escape de vossos lábios nenhuma palavra de mau humor, aspereza ou ira. A graça de Cristo espera vosso pedido. Seu Espírito dominar-vos-á o coração e a consciência, presidindo vossas palavras e atos. Nunca percais o respeito de vós mesmos devido a palavras precipitadas e impensadas. Cuidai de que vossas palavras sejam puras e santa a vossa conversa. Dai a vossos filhos um exemplo do que desejais que eles sejam. ... Haja paz, palavras agradáveis e semblantes alegres. -- Carta 28, 1890. OC 137 5 De modo algum os pais podem, com segurança, ser despóticos. Não devem demonstrar um espírito imperioso, crítico e de censura. As palavras que falam, o tom em que as pronunciam são, para os filhos, lições ou para o bem ou para o mal. Pais e mães, se de vossos lábios saírem palavras mal-humoradas, estareis ensinando vossos filhos a falarem da mesma maneira, e a influência purificadora do Espírito Santo se torna sem efeito. A continuação paciente em fazer o bem é essencial, se quiserdes cumprir vosso dever para com vossos filhos. -- Carta 8a, 1896. Agentes de Deus para moldar o caráter OC 138 1 O intelecto de vossos filhos está sendo formado, os afetos e o caráter estão sendo moldados, mas segundo que norma? Lembrem-se os pais de que são os agentes dessas transações. E ainda que estejam dormindo na sepultura, a obra que deixaram atrás de si perdura, e deles testificará, quer seja boa ou má. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. Cunhando a imagem do divino OC 138 2 Deveis instruir, advertir e aconselhar, lembrando-vos sempre de que vosso olhar, vossas palavras e ações têm uma influência direta sobre o rumo futuro de vossos queridos. Vossa obra não visa uma bela forma sobre a tela, ou burilá-la no mármore, mas imprimir a imagem divina na alma humana. -- The Signs of the Times, 25 de Maio de 1882. ------------------------Capítulo 41 -- Objetivos da disciplina O domínio próprio, objetivo supremo OC 138 3 O objetivo da disciplina é ensinar à criança o governo de si mesma. Devem ensinar-se-lhe a confiança e direção próprias. Portanto, logo que ela seja capaz de entendimento deve alistar-se a sua razão ao lado da obediência. Que todo o trato com ela seja de tal maneira que mostre ser justa e razoável a obediência. Ajudai-a a ver que todas as coisas se acham subordinadas a leis, e que a desobediência conduz finalmente a desastres e sofrimentos. Quando Deus diz: "Não farás", amorosamente Ele nos avisa das conseqüências da desobediência, a fim de nos livrar de desgraças e perdas. -- Educação, 287. Alistando o poder da vontade OC 139 1 Alcança-se o verdadeiro objetivo da reprovação apenas quando o próprio malfeitor é levado a ver a sua falta, e consegue-se sua vontade no empenho de corrigir-se. Quando isso se cumpre, apontai-lhe a fonte de perdão e poder. -- Educação, 291. OC 139 2 Os que ensinam os alunos a sentir que neles está o poder para se tornarem homens e mulheres honrados e úteis serão os que têm êxito mais permanente. -- Fundamentos da Educação Cristã, 58. Hábitos corretos, inclinações, más tendências OC 139 3 É obra dos pais restringir, guiar e controlar. Não podem cometer maior mal do que permitir que os filhos satisfaçam todos os desejos e fantasias infantis, e deixá-los seguir suas próprias inclinações; não lhes podem, então, causar maior mal do que deixar-lhes na mente a impressão de que devem viver para agradar e divertir a si mesmos, para escolher seus próprios caminhos e buscar seus próprios prazeres e sociedade. ... OC 139 4 Os jovens necessitam de pais que os eduquem e disciplinem, que corrijam seus maus hábitos e inclinações, e cortem suas más tendências. -- Manuscrito 12, 1898. Demolir a fortaleza de Satanás OC 139 5 Mães, o destino de vossos filhos jaz em grande parte nas vossas mãos. Se faltardes ao cumprimento do dever, podereis colocá-los nas fileiras de Satanás e torná-los seus agentes, para arruinar outras almas; ou vossa disciplina fiel e exemplo piedoso podem guiá-los a Cristo, e eles, por seu turno, influenciarão a outros, e assim muitas almas poderão ser salvas por vosso intermédio. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. OC 139 6 Olhemos cuidadosamente e comecemos a apanhar nossos pontos falhos. Derribemos as fortalezas do inimigo. Corrijamos misericordiosamente os nossos queridos, protegendo-os do poder do inimigo. Não desanimeis. -- The Review and Herald, 16 de Julho de 1895. Ensinar o respeito à autoridade paterna e divina OC 140 1 Os filhos ... devem ser ensinados, educados e disciplinados até se tornarem obedientes aos pais, respeitando-lhes a autoridade. Desse modo ser-lhes-á implantado no coração o respeito à autoridade divina, e a educação familiar assemelhar-se-á ao ensino preparatório para a família dos Céus. De tal caráter deve ser o preparo da infância e da juventude que as crianças sejam preparadas para assumir seus deveres religiosos, e assim estejam preparadas para entrar nas cortes de cima. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. OC 140 2 Aquele que é a fonte de todo o conhecimento declara as condições de nossa habilitação para entrar no Céu da glória, nas palavras: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos [margem] para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas." Apocalipse 22:14. A obediência aos mandamentos de Deus é o preço do Céu, e a obediência aos pais no Senhor é a lição mais importante que os filhos devem aprender. -- Manuscrito 12, 1896. Obediência por princípio OC 140 3 Dizei aos vossos filhos exatamente o que deles exigis. Fazei-os compreender que vossa palavra é lei e deve ser obedecida. Assim lhes estareis ensinando a respeitar os mandamentos de Deus, que claramente declaram: "Farás", e "Não farás". É muito melhor vosso pequeno obedecer por princípio que por compulsão. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1904. Uma lição de confiança OC 140 4 Isaque é amarrado pelas mãos trementes e amorosas do compassivo pai, porque assim o dissera Deus. O filho submete-se ao sacrifício, porque acredita na integridade de seu pai. ... OC 140 5 Esse ato de fé da parte de Abraão é registrado para nosso benefício. Ensina-nos a grande lição de confiança nas reivindicações de Deus, por mais rigorosas e pungentes que sejam; e isso ensina aos filhos perfeita submissão a seus pais e a Deus. Pela obediência de Abraão, é-nos ensinado que coisa alguma é demasiado preciosa para darmos ao Senhor. -- Testemunhos Selectos 1:352, 353. Os jovens responderão à confiança OC 140 6 Os jovens devem ser impressionados com a idéia de que neles se tem confiança. Têm um senso de honra, e desejam ser respeitados, e têm esse direito. OC 140 7 Se os alunos recebem a impressão de que não podem sair ou entrar, sentar-se à mesa, ou estar em qualquer parte, mesmo em seu quarto, a não ser que sejam vigiados, que um olho crítico esteja sobre eles para criticar e relatar, terá isso uma influência desmoralizadora, e a recreação em si não dará prazer. Esse conhecimento de uma vigilância contínua é mais do que tutela paterna, e muito pior; pois os pais sábios podem, com tato, discernir freqüentemente sob a superfície e ver a operação da mente irrequieta nos anelos da juventude, ou debaixo das forças da tentação, e estabelecer seus planos de ação para anular o mal. Mas esse constante desvelo não é natural, e produz os males que está procurando evitar. A saúde dos jovens exige exercício, alegria, e que sejam cercados de uma atmosfera feliz e agradável, para o desenvolvimento da saúde física e de um caráter simétrico. -- Fundamentos da Educação Cristã, 114. Autocontrole versus autoridade absoluta OC 141 1 Muitas são as famílias com crianças que parecem bem educadas quando se encontram sob a disciplina; quando, porém, o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Essas crianças estiveram por tanto tempo sob uma regra de ferro, sem permissão de pensar ou agir por si mesmas, naquilo em que era perfeitamente próprio que o fizessem, que não têm confiança em si mesmas para procederem segundo seu próprio discernimento, tendo opinião própria. E quando saem de sob a tutela dos pais para agirem por si mesmas, são facilmente levadas pelo juízo de outros a errôneas direções. Não têm estabilidade de caráter. Não foram deixadas em situação de usarem o próprio juízo na proporção em que isso fosse praticável, e portanto a mente não foi devidamente desenvolvida e fortalecida. Foram por tanto tempo inteiramente controladas que dependem inteiramente dos pais, os quais são mente e discernimento para elas. OC 141 2 Por outro lado, jovens não devem ser deixados a pensar e procederem independentemente do juízo de seus pais e mestres. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o juízo da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Sejam educadas de maneira que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, e instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao saírem de sob a mão guiadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. OC 141 3 A rigorosa educação das crianças, sem lhes dirigir convenientemente o modo de pensar e proceder por si mesmas na medida que o permitam sua capacidade e as tendências da mente, para que assim elas se desenvolvam no pensar, nos sentimentos de respeito por si mesmas e na confiança na própria capacidade de executar, produzirá uma classe débil em força mental e moral. E quando se acham no mundo, para agir por si mesmas, revelarão o fato de que foram treinadas, como os animais, e não educadas. Em vez de sua vontade ser dirigida, foi forçada à obediência mediante rude disciplina por parte dos pais e mestres. -- Testemunhos Selectos 1:316, 317. Maus resultados sempre que uma mente domina OC 142 1 Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado deixariam de gabar-se, caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo mal preparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais se encontram sob a direção dos pais e mestres, e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa. Pudessem os instrutores de crianças e jovens ter traçado diante de si o futuro resultado de sua errada disciplina, e mudariam seu plano de educação. Aquela espécie de professores que se satisfaz com o manter quase inteiro domínio sobre a vontade dos alunos não é a mais bem-sucedida, embora a aparência no momento seja lisonjeira. OC 142 2 Nunca foi desígnio de Deus que a mente de uma pessoa esteja sob completo domínio de outra, e os que esforçam para fazer com que a individualidade de seus pupilos venha a imergir na deles, e para lhes servirem de mente, vontade e consciência, assumem tremendas responsabilidades. Esses alunos podem, em certas ocasiões, parecer soldados bem disciplinados. Uma vez, porém, removida a restrição, ver-se-á a falta de ação independente, oriunda de firmes princípios. -- Testemunhos Selectos 1:317, 318. Pela habilidade e esforço OC 142 3 Moldar o jovem na devida maneira requer habilidade e paciente esforço. Especialmente as crianças que vieram ao mundo oprimidas com uma herança do mal, resultado direto dos pecados dos pais, necessitam da mais cuidadosa cultura, a fim de desenvolverem e fortalecerem suas faculdades morais e intelectuais. E verdadeiramente pesada é a responsabilidade dos pais. As más tendências devem ser cuidadosamente reprimidas e censuradas com ternura; a mente deve ser estimulada em favor do direito. A criança deve ser animada a tentar governar-se a si mesma. E tudo isso deve ser feito judiciosamente ou o propósito almejado será frustrado. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 138. ------------------------Capítulo 42 -- O tempo para começar a disciplina Filhos desobedientes: sinal dos últimos dias OC 143 1 Um dos sinais dos "últimos dias", é a desobediência dos filhos aos pais. E os pais reconhecem a sua responsabilidade? Muitos parecem perder de vista o vigilante cuidado que devem manter para com os filhos, e lhes permitem condescender com as más paixões e desobedecer-lhes. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. OC 143 2 Os filhos são a herança do Senhor e, a não ser que os pais lhes dêem tal preparo que os habilite a conservar-se nos caminhos do Senhor, negligenciam solene dever. Não é a vontade nem o propósito de Deus que as crianças se tornem rudes, ásperas, descorteses, desobedientes, ingratas, profanas, obstinadas, orgulhosas, mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus. Declaram as Escrituras que essa condição da sociedade será um sinal dos últimos dias. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1894. Pais condescendentes se desqualificam OC 143 3 No Céu há perfeita ordem, perfeita paz e harmonia. Se os pais assim negligenciam trazer os filhos sob a devida autoridade aqui, como poderão esperar que estes possam ser considerados companheiros próprios para os santos anjos num mundo de paz e harmonia? -- Testimonies for the Church 4:199. OC 143 4 Os que não têm tido nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida não respeitarão a ordem observada no Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos tiverem entrada no Céu amarão a ordem e respeitarão a disciplina. O caráter formado nesta vida determinará o destino futuro. Quando Cristo vier, não mudará o caráter de ninguém. ... Os pais não devem negligenciar de sua parte nenhum dever para beneficiar seus filhos. Devem educá-los de tal maneira que venham a ser uma bênção para a sociedade aqui, e possam colher a recompensa da vida eterna no futuro. -- Testemunhos Selectos 1:537, 538. Quando a disciplina deve começar OC 144 1 No momento em que a criança começa a escolher a sua própria vontade e caminho, nesse momento, devem começar sua educação e disciplina. Pode isso ser chamado uma educação inconsciente. Então é que deve começar um trabalho consciente e poderoso. O maior peso dessa obra repousa necessariamente sobre a mãe. Ela tem ela o primeiro cuidado da criança, e deve pôr o fundamento de uma educação que ajude a criança a desenvolver um caráter forte e equilibrado. ... OC 144 2 Freqüentemente os bebês mostram primeiro uma vontade muito determinada. Caso essa vontade não seja posta em sujeição a uma vontade mais sábia do que os desejos não educados da criança, Satanás assumirá o controle da mente e moldará a disposição em harmonia com a sua vontade. -- Carta 9, 1904. OC 144 3 Negligenciar a obra de disciplinar e educar, a ponto de ser fortalecida uma disposição perversa, é causar às crianças um mal muito sério; pois estas crescem egoístas, exigentes e nada amáveis. Não podem apreciar sua própria companhia mais do que os outros; portanto, sempre estarão cheias de descontentamento. A obra da mãe deve começar em idade precoce, não dando a Satanás a oportunidade de controlar a mente e a disposição dos seus pequeninos. -- Manuscrito 43, 1900. Reprimir a primeira aparência do mal OC 144 4 Pais, deveis começar vossa primeira lição de disciplina quando vossos filhos são crianças de colo. Ensinai-lhes a submeter sua vontade à vossa. Isso se pode fazer mantendo a justiça e a firmeza. Os pais devem ter inteiro domínio sobre si mesmos, e com brandura, mas com firmeza, dobrar a vontade da criança até que ela nada espere senão ceder aos desejos deles. Os pais não começam a tempo. A primeira manifestação de temperamento não é submetida, e os filhos crescem obstinados, o que aumenta a medida que eles crescem, e se arraiga à proporção que eles se fortalecem. -- Testemunhos Selectos 1:76, 77. "Pequeno demais para punir?" OC 144 5 Eli não dirigiu a sua casa segundo as regras de Deus para o governo da família. Seguiu o seu próprio juízo. O extremoso pai deixou de tomar em consideração as faltas e pecados de seus filhos, em sua meninice, alegrando-se com o pensamento de que após algum tempo eles perderiam suas más tendências. Muitos hoje cometem erro semelhante. Julgam que conhecem um meio melhor para educar seus filhos do que aquele que Deus deu em Sua Palavra. Alimentam neles más tendências, insistindo nessa desculpa: "São muito novos para serem castigados. Esperemos que fiquem mais velhos, e possamos entender-nos com eles." Assim os maus hábitos são deixados a se fortalecerem até que se tornam uma segunda natureza. Os filhos crescem sem sujeição, com traços de caráter que são para eles uma maldição por toda a vida, e que podem reproduzir-se em outros. OC 145 1 Não há maior desgraça para os lares do que permitir que os jovens sigam o seu próprio caminho. Quando os pais tomam em consideração todo o desejo de seus filhos, e com estes condescendem no que sabem não ser para o seu bem, os filhos logo perdem todo o respeito para com seus pais, toda a consideração pela autoridade de Deus e do homem, e são levados cativos à vontade de Satanás. -- Patriarcas e Profetas, 578, 579. Pôr o ensino no lar acima de outras ocupações OC 145 2 Muitos apontam para os filhos dos pastores, professores e outros homens de alta reputação devido ao seu saber e piedade, e insistem em que se esses homens, com suas vantagens superiores, falham no governo da família, os que estão em situação menos favorável não precisam esperar ter êxito. A questão a ser decidida é: Têm esses homens dado a seus filhos aquilo a que têm direito -- um bom exemplo, fiel a instrução e a devida restrição? É pela negligência desses pontos essenciais que tantos pais dão à sociedade filhos de espírito desequilibrado, impacientes com as restrições e ignorantes quanto aos deveres da vida prática. Nisso eles estão dando ao mundo um prejuízo que ultrapassa todo o bem realizado pelos seus labores. Esses filhos transmitem o seu próprio caráter perverso como herança à sua prole, e o seu mau exemplo e influência corrompem, ao mesmo tempo, a sociedade e causam estragos na igreja. Não posso imaginar que qualquer homem, por maior que seja sua habilidade e utilidade, esteja servindo melhor a Deus ou ao mundo, enquanto o seu tempo é dedicado a outras ocupações com negligência de seus próprios filhos. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Prometida a cooperação celestial OC 145 3 Deus abençoará uma disciplina justa e correta. Mas "sem Mim", diz Cristo, "nada podereis fazer". João 15:5. Não podem as inteligências celestiais cooperar com os pais e mães que estão negligenciando educar os filhos, que estão permitindo Satanás manobrar aquela pequena peça do maquinismo infantil, aquela jovem mente, como instrumento pelo qual possa trabalhar para anular a operação do Espírito Santo. -- Manuscrito 126, 1897. ------------------------Capítulo 43 -- A disciplina no lar Famílias bem ordenadas e disciplinadas OC 146 1 É dever dos que alegam ser cristãos apresentar ao mundo famílias bem ordenadas, bem disciplinadas -- famílias que mostrem o poder do verdadeiro cristianismo. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. OC 146 2 Não é coisa fácil ensinar e educar filhos sabiamente. Ao procurarem os pais conservar diante deles o juízo e o temor do Senhor, levantar-se-ão dificuldades. Revelarão os filhos a perversidade que lhes está no coração. Revelam amor à tolice, à independência, ao ódio à restrição e à disciplina. Praticam o engano e proferem falsidades. Muitíssimos pais, em vez de punirem os filhos por essas faltas, fazem-se cegos, para não verem sob a superfície ou discernirem a verdadeira significação dessas coisas. Continuam, portanto, os filhos com suas práticas enganosas, formando caráter que Deus não pode aprovar. OC 146 3 A elevada norma da Palavra de Deus é posta de lado por pais que não gostam, como alguns têm denominado, de usar a camisa-de-força na educação dos filhos. Muitos pais têm decidida aversão aos princípios santos da Palavra de Deus, porque esses princípios colocam sobre eles demasiada responsabilidade. Mas a visão posterior, que todos os pais são obrigados a ter, revela que os caminhos de Deus são os melhores, e que o único caminho da segurança e felicidade está na obediência à Sua vontade. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. Restringir os filhos não é trabalho fácil OC 146 4 Com o presente estado de coisas na sociedade, não é para os pais fácil tarefa restringir os filhos e instruí-los segundo a regra bíblica do direito. Quando educarem os filhos em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus, e, como Abraão na antiguidade, ordenarem a sua casa após si, pensarão os filhos que seus pais são demasiadamente cuidadosos e desnecessariamente exigentes. -- The Signs of the Times, 17 de Abril de 1884. Falsas idéias quanto à restrição OC 147 1 Pais, se quiserdes a bênção de Deus, fazei como Abraão, reprimi o mal, e incentivai o bem. Pode ser necessário certo comando em lugar de consultar à inclinação e ao prazer dos filhos. -- Carta 53, 1887. OC 147 2 Consentir, porém, que a criança siga seus impulsos naturais corresponde a consentir que ela se corrompa e se torne hábil no mal. Os pais prudentes não dirão a seus filhos: "Sigam o que quiserem; vão aonde quiserem; façam o que quiserem"; antes dirão: "Ouvi a instrução do Senhor". Devem-se fazer regras e regulamentos sábios, e pô-los em execução, a fim de que a beleza da vida doméstica não se perverta. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 112. Por que a família de Acã pereceu OC 147 3 Considerastes por que foi que todos que estava ligados a Acã também foram submetidos ao castigo de Deus? Foi por não terem sido ensinados e educados segundo os ensinamentos que lhes foram dados na grande norma da lei de Deus. Os pais de Acã haviam educado o filho de tal maneira que este se sentiu com liberdade para desobedecer à Palavra de Deus. Os princípios inculcados na sua vida levaram-no a lidar com seus filhos de tal maneira que estes também foram corrompidos. A mente age e reage sobre a mente, e o castigo que incluiu os parentes de Acã e ele mesmo revela o fato de que todos estavam envolvidos na transgressão. -- Manuscrito 67, 1894. O afeto cego dos pais é o maior obstáculo OC 147 4 É quase universal o pecado da negligência paterna. Freqüentemente o afeto cego àqueles que conosco estão ligadas por laços naturais. Esse afeto é levado a grande amplitude; não é equilibrado pela sabedoria ou pelo temor de Deus. O cego afeto paterno é o maior obstáculo no caminho da devida educação da criança. Evita a disciplina e o ensino exigidos pelo Senhor. Às vezes, devido a esse afeto, os pais parecem ser despojados da razão. Assemelha-se à fraca misericórdia dos ímpios -- crueldade disfarçada com as vestes do chamado amor. É a perigosa influência oculta que leva os filhos à ruína. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1897. OC 147 5 Os pais correm o constante perigo de condescender com os afetos naturais à custa da obediência à lei de Deus. Para agradar os filhos, muitos pais permitem o que Deus proíbe. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1901. Os pais são responsáveis OC 148 1 Se, como professores do lar, permitirem os pais e mães que os filhos tomem em suas mãos as rédeas do governo e se tornem obstinados, serão considerados responsáveis pelo que estes de outra maneira poderiam ter sido. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1904. OC 148 2 Aqueles que seguem suas próprias inclinações, com uma afeição cega para com seus filhos, condescendendo com eles na satisfação de seus desejos egoístas, e não fazem uso da autoridade de Deus para repreender o pecado e corrigir o mal, tornam manifesto que estão honrando seus ímpios filhos mais do que a Deus. Estão mais ansiosos por defender a reputação deles do que glorificar a Deus; mais desejosos de agradar a seus filhos do que fazer a vontade do Senhor. ... OC 148 3 Aqueles que têm muito pouca coragem para reprovar o mal, ou que pela indolência ou falta de interesse não fazem um esforço ardoroso para purificar a família ou a igreja de Deus, são responsáveis pelos males que possam resultar de sua negligência ao dever. Somos precisamente tão responsáveis pelos males que poderíamos ter impedido nos outros pelo exercício da autoridade paterna ou pastoral, como se esses atos tivessem sido nossos. -- Patriarcas e Profetas, 578. Não há lugar para parcialidade OC 148 4 É muito natural aos pais serem parciais para com seus próprios filhos. Especialmente se esses pais acham que eles mesmos possuem superior habilidade, considerarão os filhos superiores aos filhos dos outros. Por isso, muito do que seria severamente censurado nos demais é passado por alto em seus próprios filhos como sendo vivacidade e argúcia. Embora essa parcialidade seja natural, é injusta e nada cristã. Cometemos um grande mal para com nossos filhos quando permitimos que suas faltas fiquem sem correção. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. Não ter compromisso com o mal OC 148 5 Deve-se deixar esclarecido que o governo de Deus desconhece qualquer transigência com o mal. Não deve a desobediência ser tolerada nem no lar nem na escola. Nenhum pai ou professor que leve a sério o bem-estar dos que se acham sob os seus cuidados transigirá com a vontade obstinada que desafia a autoridade, ou recorrerá a subterfúgios ou a evasivas a fim de escapar à obediência. Não é o amor mas o sentimentalismo que usa de rodeios com as más ações, procura pela lisonja ou o suborno conseguir a submissão e finalmente aceita algum substituto da coisa exigida. -- Educação, 290. OC 149 1 Em muitas famílias, hoje, há muita condescendência própria e desobediência que são passadas por alto sem serem corrigidas; também se manifesta um espírito subjugador e autoritário, que cria os piores males na disposição dos filhos. Corrigem-nos às vezes os pais de maneira tão precipitada, que sua vida se torna infeliz e eles perdem todo o respeito pelo pai, pela mãe e pelos irmãos e irmãs. -- Carta 75, 1898. Pais deixam de compreender os princípios corretos OC 149 2 É de entristecer o coração ver a imbecilidade de pais no exercício da autoridade que Deus lhes deu. Homens que no demais são firmes e inteligentes deixam de compreender os princípios que deveriam ser aplicados na educação de seus pequenos. Deixam de dar-lhes a instrução correta justamente no tempo em que um exemplo piedoso e uma firme decisão são mais necessários para dirigir no caminho certo as mentes jovens que ignoram as influências enganosas e perigosas com que se devem defrontar em toda parte. -- Manuscrito 119, 1899. OC 149 3 O maior sofrimento que veio à família humana é devido aos pais se haverem apartado do plano divino para seguirem sua própria imaginação e às suas idéias imperfeitamente desenvolvidas. Muitos pais seguem o impulso. Esquecem-se de que o bem presente e futuro dos filhos requer inteligente disciplina. -- Manuscrito 49, 1901. Deus não aceita desculpa para a má direção OC 149 4 Muitas vezes se instala no coração infantil a rebelião, devido a uma errônea disciplina por parte dos pais quando, houvesse sido seguida a devida direção, as crianças teriam formado caráter harmônico e bom. -- Testemunhos Selectos 1:138. OC 149 5 Enquanto os pais têm o poder para disciplinar, educar e ensinar aos filhos, exerçam eles essa faculdade para Deus. Ele requer deles obediência pura, imaculada e constante. Não tolerará qualquer outra coisa. Não desculpará pela má direção dos filhos. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. Vencer o espírito natural de obstinação OC 149 6 Algumas crianças são naturalmente mais obstinadas que outras e não cederão à disciplina, tornando-se conseqüentemente muito pouco simpáticas e desagradáveis. Caso a mãe não tenha sabedoria para lidar nessa fase do caráter, seguir-se-á um estado muito infeliz de coisas; pois tais filhos seguirão seu próprio caminho, para a sua destruição. E quão terrível é um filho alimentar um espírito de obstinação não somente na infância, mas nos anos mais maduros. E, já homem ou mulher, devido à falta de concórdia na meninice, nutrirá amargura e falta de bondade para com a mãe que deixou de trazer os filhos em sujeição. -- Manuscrito 18, 1891. Nunca dizer à criança: "não posso com você" OC 150 1 Nunca permitais que o vosso filho vos ouça dizer: "Não posso com você." Enquanto pudermos ter acesso ao trono de Deus, devemos, como pais, envergonhar-nos de pronunciar tais palavras. Clamai a Jesus, e vos ajudará a levar vossos pequeninos a Ele. -- The Review and Herald, 16 de Julho de 1895. Deve-se estudar diligentemente o governo da família OC 150 2 Tenho ouvido mães dizerem que não tinham a habilidade de governar que outros têm, que esse é um talento especial que elas não possuíam. Os que reconhecem sua deficiência a esse respeito, devem tornar o assunto do governo da família o seu mais diligente estudo. E mesmo as mais valiosas sugestões dos outros não devem ser adotadas sem ser consideradas e discriminadas. Podem não se adaptar igualmente às circunstâncias de cada mãe, ou à disposição e ao temperamento peculiares de cada criança da família. Estude a mãe com cuidado a experiência de outros, note a diferença entre os métodos deles e os seus, e prove cuidadosamente os que possam parecer de real valor. Se um modo de disciplina não produz os resultados desejados, seja experimentado outro, notando-se cuidadosamente os seus efeitos. OC 150 3 As mães devem acostumar-se a pensar e a encontrar soluções. Se perseverarem nesse sentido, verificarão estarem adquirindo a faculdade em que se julgavam deficientes, estarem aprendendo a formar corretamente o caráter dos filhos. O resultado do trabalho e da atenção dados a essa obra ver-se-á em sua obediência, simplicidade, modéstia e pureza; e isso recompensará ricamente todo o esforço realizado. -- The Signs of the Times, 11 de Março de 1886. Os pais devem unir-se na disciplina OC 150 4 A mãe sempre deve ter a cooperação do pai em seus esforços para pôr nos filhos o fundamento de um bom caráter cristão. Um pai compassivo não deve fechar os olhos às faltas dos filhos, por não ser agradável ministrar a correção. -- Testimonies for the Church 1:546, 547. OC 151 1 Princípios retos devem ser estabelecidos na mente da criança. Se os pais estiverem unidos nessa obra de disciplina, a criança compreenderá o que dela se requer. Mas se o pai, por palavras e pelo olhar, mostrar que não aprova a correção que a mãe aplica, se achar que ela é estrita demais, e julgar que devem compensar a severidade afagando e transigindo, a criança será arruinada. Os pais condoídos praticarão insinceridade, e a criança logo saberá que pode fazer o que quiser. Os pais que cometem esse pecado contra os filhos são responsáveis pela ruína de sua alma. -- Manuscrito 58, 1899. A influência combinada do afeto e da autoridade OC 151 2 Para que raie a luz do Sol em vossa casa, deixai que a luz da graça celeste irradie sobre o vosso caráter. Haja paz, palavras agradáveis e semblantes alegres. Não é isso um afeto cego, nem aquela ternura que incentiva o pecado por uma insensata condescendência e que é a mais verdadeira crueldade, não é aquele falso amor que permite os filhos governarem e tornar os pais escravos dos seus caprichos. Não deve haver parcialidade paterna, nem opressão; a influência combinada do afeto e da autoridade dará a forma correta à família. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1891. Representar o caráter de Deus na disciplina OC 151 3 Sede firmes, decididos, na execução da instrução bíblica. Mas estai livres de toda a paixão. Tende em mente que, quando vos tornais ásperos e irrazoáveis perante vossos pequenos, estais-lhes ensinando o mesmo. Deus exige que eduqueis vossos filhos, pondo em vossa disciplina toda a autoridade de um sábio professor que está sob o domínio de Deus. Se em vosso lar for exercido o poder convertedor de Deus, vós mesmos sereis constantes aprendizes. Representareis o caráter de Cristo, e os vossos esforços nesse sentido agradarão a Deus. Nunca negligencieis a obra que deveria ser feita em favor dos membros mais novos da família de Deus. Pais, vós sois a luz de vosso lar. Brilhe a vossa luz em palavras agradáveis, em calmo tom de voz. Tirai delas tudo o que fere, pela oração a Deus em busca do domínio próprio. E os anjos estarão em vosso lar, pois observarão a vossa luz. De vosso lar corretamente dirigido, irradiará para o mundo em correntes fortes e claras a disciplina que dais aos vossos filhos. -- Manuscrito 142, 1898. Nenhum desvio dos princípios retos OC 151 4 Antigamente era considerada a autoridade paternal; então os filhos se achavam em sujeição aos pais, temiam-nos e os reverenciavam; nesses últimos dias, porém, a ordem está invertida. Alguns pais estão sujeitos aos filhos. Temem contrariar a vontade deles, e portanto cedem. Mas enquanto os filhos se encontrarem sob o teto paterno, dependendo dos pais, devem estar subordinados ao seu domínio. Os pais devem agir com decisão, exigindo que seus pontos de vista do direito sejam seguidos. -- Testemunhos Selectos 1:75. Passos extremos OC 152 1 Alguns pais condescendentes e de amor fácil temem exercer completa autoridade sobre os seus filhos desgovernados, para que não fujam de casa. Seria melhor alguns fazerem isso do que permanecerem em casa para viver sob a generosidade concedida pelos pais, e ao mesmo tempo pisar toda a autoridade tanto humana como divina. Poderia ser uma experiência muito proveitosa a tais filhos ter plenamente essa independência que julgam tão desejável, aprender que custa esforço viver. Digam os pais ao menino que ameaça fugir de casa: "Meu filho, se você determinadamente prefere deixar a casa a obedecer leis justas e próprias, nós não o impedimos. Você julga achar o mundo mais amigável do que os pais que de você têm cuidado desde a infância. Você deve aprender por si mesmo que está enganado. Quando quiser voltar para a casa paterna, e estiver sujeito à sua autoridade, será bem-vindo. As obrigações são mútuas. Enquanto tem o alimento, o vestuário e o cuidado paterno, está por sua vez sob a obrigação de se submeter às regras do lar e à disciplina sadia. Minha casa não pode ser poluída com o mau cheiro do fumo, com a profanação ou com a embriaguez. Desejo que os anjos de Deus venham ao meu lar. Se está completamente determinado a servir a Satanás, estará melhor com aqueles cuja companhia você ama do que em casa." OC 152 2 Tal atitude interromperia a carreira descendente de milhares. Mas com muita freqüência os filhos sabem que podem fazer o pior, e uma mãe insensata intercederá por eles e lhes encobrirá as transgressões. Muito filho rebelde exulta porque seus pais não têm coragem de restringi-los. ... Não impõem obediência. Tais pais estão encorajando os filhos na dissipação e desonrando a Deus por sua insensata transigência. É essa juventude rebelde e corrompida que forma o elemento mais difícil de controlar nas escolas e colégios. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. Não cansar-se de fazer o bem OC 152 3 A obra dos pais é contínua. Não deve ser realizada vigorosamente um dia e negligenciada no outro. Muitos estão prontos a começar a obra, mas não estão dispostos a perseverar nela. Estão ansiosos por fazer alguma grande coisa, um grande sacrifício; mas estremecem ante o cuidado e esforço contínuo nas coisas pequenas da vida diária, no podar e dirigir a cada instante as tendências obstinadas, na obra de instruir, reprovar e incentivar pouco a pouco conforme for necessário. Desejam ver os filhos corrigirem suas faltas e formarem bom caráter imediatamente, alcançando num salto o topo da montanha e não em passos sucessivos. E visto suas esperanças não se realizarem imediatamente, ficam desanimados. Que tais pessoas criem coragem ao se lembrarem das palavras do apóstolo: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." Gálatas 6:9. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. OC 153 1 Os filhos dos observadores do sábado talvez se tornem impacientes com a restrição, e julguem os pais muito estritos; é possível até que se levantem maus sentimentos em seu coração, e que eles nutram idéias de descontentamento, fiquem ressentidos contra os que estão trabalhando pelo seu bem presente, futuro e eterno. Se, porém, a vida lhes for poupada por alguns anos, hão de bendizer os pais, por aquele estrito cuidado e fiel vigilância sobre eles nos anos de sua inexperiência. -- Testemunhos Selectos 1:150. Ler as admoestações da palavra de Deus OC 153 2 Quando os filhos erram, os pais devem tomar tempo para lhes ler ternamente da Palavra de Deus as admoestações que se apliquem especialmente ao seu caso. Ao serem provados, tentados ou desanimarem, citai-lhes as preciosas palavras de conforto, levando-os gentilmente a pôr em Jesus a sua confiança. Assim a mente jovem pode ser dirigida para o que é puro e enobrecedor. E ao serem revelados ao entendimento os grandes problemas da vida e o trato de Deus para com a raça humana, são exercitadas as faculdades do raciocínio, é posto em ação o julgamento, enquanto as lições da verdade divina são impressas no coração. Assim podem os pais estar moldando diariamente o caráter dos filhos, a fim de que se habilitem para a vida futura. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. ------------------------Capítulo 44 -- Administração da disciplina corretiva Convidar o Senhor a entrar e governar OC 154 1 Exigi obediência em vossa família; mas ao fazê-lo buscai ao Senhor com os vossos filhos e Lhe pedi que entre e governe. Pode ser que vossos filhos tenham feito algo que exija correção; mas se lidardes com eles no espírito de Cristo, seus braços enlaçarão o vosso pescoço; eles se humilharão diante do Senhor e reconhecerão seu erro, e isso basta. Não necessitam então de castigo. Agradeçamos ao Senhor por ter aberto o caminho pelo qual podemos alcançar cada alma. -- Manuscrito 21, 1909. OC 154 2 Caso vossos filhos sejam desobedientes, devem ser corrigidos. ... Antes de corrigi-los, ide à parte e pedi ao Senhor que abrande e domine o coração de vossos filhos e que vos dê sabedoria ao lidar com eles. Nunca soube, em caso algum, que esse método falhasse. Não podeis fazer uma criança compreender as coisas espirituais quando o coração está cheio de ira. -- Manuscrito 27, 1911. Instruir pacientemente as crianças OC 154 3 O Senhor deseja que, desde a infância, o coração desses filhos seja entregue ao Seu serviço. Enquanto ainda são novos demais para raciocinar, dirigi-lhes a mente o melhor que podeis; e ao se tornarem mais velhos, ensinai-lhes por preceito e exemplo que não podeis condescender com seus maus desejos. OC 154 4 Instruí-os pacientemente. Às vezes terão de ser punidos, mas nunca o façais de tal maneira que eles sintam que estão sendo punidos com ira. Com tal atitude, fareis um mal ainda maior. Muitas diferenças infelizes no círculo familiar poderiam ter sido evitadas, se os pais obedecessem ao conselho do Senhor na educação dos filhos. -- Manuscrito 93, 1909. Os pais devem estar sob a disciplina de Deus OC 154 5 Mães, por mais provocadores que vossos filhos possam ser em sua ignorância, não deis lugar à impaciência. Ensinai-os com paciência e amor. Sede firmes para com eles. Não permitais que Satanás os domine. Disciplinai-os apenas quando estiverdes sob a disciplina de Deus. Cristo será vitorioso na vida de vossos filhos, se aprenderdes dAquele que é manso e humilde, puro e incontaminado. -- Carta 272, 1903. OC 155 1 Mas se tentardes governar sem exercer o domínio próprio, sem sistema, reflexão e oração, com toda a certeza sofrereis as mais amargas conseqüências. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Não corrigir com ira OC 155 2 Deveis corrigir vossos filhos com amor. Não permitais que sigam seu próprio caminho até que estejais irados e então os castigueis. Tal correção só ajuda o mal, em vez de remediá-lo. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. OC 155 3 Irar-se com a criança que erra é aumentar o mal. Isso desperta as piores paixões da criança e a leva a pensar que não vos importais com ela. Raciocina consigo mesma que não a poderíeis tratar desse modo se vos importásseis. Julgais que Deus não toma conhecimento do modo em que essas crianças são corrigidas? Ele sabe. E sabe também quais poderiam ser os benditos resultados, se o trabalho de correção fosse feito de molde a ganhar, em vez de repelir. ... OC 155 4 Rogo-vos, não corrijais vossos filhos com ira. É este o tempo de todos os tempos em que deveis agir com humildade, paciência e oração. Então é o tempo de se ajoelhar com as crianças e pedir perdão ao Senhor. Procurai ganhá-las para Cristo manifestando bondade e amor, e vereis que um poder mais elevado do que o da Terra está cooperando com os vossos esforços. -- Manuscrito 53, 1912. OC 155 5 Quando sois obrigados a corrigir um filho, não eleveis a voz em tom alto. Não percais o domínio próprio. O pai, que, ao corrigir o filho, dá largas à ira, está mais em falta do que a criança. -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1904. A irritação jamais ajuda OC 155 6 Palavras ásperas e iradas não são de origem celeste. Ralhar e irritar-se nunca ajudam. Em vez disso, despertam os piores sentimentos do coração humano. Quando os vossos filhos cometem um erro e estão cheios de rebelião, e sois tentados a falar e agir asperamente, esperai antes de corrigi-los. Dai-lhes uma oportunidade para pensar, e deixai que vosso temperamento acalme. OC 155 7 Ao tratardes bondosa e ternamente com vossos filhos, tanto eles como vós recebereis as bênçãos do Senhor. E achais vós que no dia do juízo de Deus alguém se arrependerá de ter sido paciente e bondoso para com os filhos? -- Manuscrito 114, 1903. O nervosismo não é desculpa para a impaciência OC 156 1 Os pais desculpam às vezes sua errônea direção por não se sentirem bem. Sentem-se nervosos, e acham que não podem ser pacientes e calmos e falar de maneira agradável. Assim se enganam eles a si próprios e agradam a Satanás, que exulta em que a graça de Deus não seja por eles considerada suficiente para vencer as fraquezas naturais. Eles podem e devem dominar-se sempre. Deus requer isso deles. -- Testemunhos Selectos 1:134. OC 156 2 Às vezes, estando fatigados pelo trabalho, ou oprimidos de cuidados, os pais não mantêm um espírito calmo, antes manifestam uma falta de tolerância que desagrada a Deus e traz uma nuvem sobre a família. Pais, ao vos sentirdes mal-humorados, não cometais o grande pecado de envenenar toda a família com essa tão perigosa irritabilidade. Em tais ocasiões, vigiai-vos duplamente, resolvendo que nenhuma palavra que não seja agradável e alegre vos escape dos lábios. Exercendo assim o domínio próprio, ficareis mais fortes. Vosso sistema nervoso não será tão sensível. ... Jesus conhece nossas fraquezas e Ele mesmo passou pela nossa experiência em todas as coisas, menos no pecado; portanto, Ele preparou para nós um caminho apropriado à nossa força e capacidade. OC 156 3 Muitas vezes tudo parece ir mal no círculo familiar. Há irritabilidade em todo o redor. E todos parecem muito infelizes e descontentes. Os pais lançam a culpa sobre os pobres filhos, julgando-os muito desobedientes e desgovernados, as piores crianças do mundo, quando a causa da perturbação está neles mesmos. Deus requer que exerçam o domínio próprio. Devem reconhecer que, quando cedem à impaciência e à irritabilidade, fazem com que outros sofram. Os que os cercam são afetados pelo espírito que manifesta, e se estes, por sua vez, demonstram o mesmo espírito, o mal é aumentado. -- The Signs of the Times, 17 de Abril de 1884. Há poder no silêncio OC 156 4 Os que desejam governar a outrem devem primeiramente governar-se a si mesmos. ... Quando um pai ou professor se torna impaciente e está em perigo de falar imprudentemente, fique em silêncio. Há um maravilhoso poder no silêncio. -- Educação, 292. Dar poucas ordens; então exigir obediência OC 156 5 Sejam as mães cuidadosas no sentido de não fazerem exigências desnecessárias diante de outros, para exibir a sua própria autoridade. Dai poucas ordens, mas vede que sejam obedecidas. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. OC 157 1 Ao disciplinar os vossos filhos, não ... os eximais daquilo que exigistes que fizessem. Não deixeis que vossa mente se torne tão absorvida com outras coisas que vos leve a ficar mais descuidadas. E não vos canseis em vosso cuidado porque vossos filhos se esquecem e fazem aquilo que lhes proibistes. -- Manuscrito 32, 1899. OC 157 2 Em todas as vossas ordens, visai alcançar o mais elevado bem de vossos filhos, e então cuidai de que elas sejam obedecidas. Vossa energia e decisão devem ser inflexíveis, ainda que sempre sujeitas ao espírito de Cristo. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. Lidar com a criança negligente OC 157 3 Quando pedis a vosso filho que faça certa coisa, e ele responde: "Sim, vou fazer", e então negligencia cumprir a palavra, não deveis deixar a questão assim. Deveis chamar a criança às contas por essa negligência. Se passardes por cima sem notar, ensinareis a vosso filho hábitos de negligência e infidelidade. A cada filho Deus dá uma mordomia. Os filhos devem obedecer aos pais. Devem ajudar a levar os fardos e responsabilidades do lar; e quando negligenciam fazer o trabalho que lhes é designado, devem ser chamados às contas, deles exigindo que o realize. -- Manuscrito 127, 1899. Os resultados da disciplina apressada e impulsiva OC 157 4 Quando os filhos cometem algum erro, eles mesmos se convencem do seu pecado e se sentem humilhados e aflitos. Xingá-los por suas faltas, muitas vezes, resultará em torná-los obstinados e esquivos. Como potros selvagens, parecem determinados a causar dificuldades e xingar não lhes fará bem algum. Os pais devem procurar desviar-lhes a mente para algum outro rumo. OC 157 5 Mas a dificuldade é que os pais não são uniformes em sua direção; antes agem mais por impulso que por princípio. Encolerizam-se e não dão aos filhos o exemplo que pais cristãos devem dar. Um dia passam por alto os malfeitos dos filhos, e no dia seguinte não demonstram paciência ou domínio próprio. Não seguem a maneira do Senhor quanto a fazer justiça e juízo. Freqüentemente são mais culpados que os filhos. OC 157 6 Alguns filhos logo se esquecerão de um erro que contra eles é cometido pelo pai ou pela mãe; mas outros, de constituição diferente, não podem esquecer o castigo severo e disparatado que não mereciam. Assim essas almas são prejudicadas e seu espírito é perturbado. A mãe perde a oportunidade de infundir princípios corretos na mente da criança, por não manter o domínio próprio e manifestar um espírito bem equilibrado em seu comportamento e em suas palavras. -- Manuscrito 38, 1895. OC 158 1 Sede tão calma, tão livre de ira, que elas se convençam de que as amais ainda que as punais. -- Manuscrito 2, 1903. Incentivos são melhores que castigo OC 158 2 Tenho sentido tão profundo interesse nesse ramo de trabalho que adotei crianças para que pudessem ser educadas da maneira correta. Em vez de castigá-las quando cometiam erro, apresentava-lhes incentivos para fazer o que é direito. Uma delas tinha o hábito de se atirar no assoalho quando não podia fazer sua vontade. Eu lhe disse: "Se você não se irritar nenhuma vez hoje, seu tio White e eu a levaremos na carruagem e passaremos um dia feliz no campo. Mas se você se jogar no assoalho uma vez, perderá o direito ao prazer." Trabalhei dessa maneira com essas crianças, e agora me sinto grata por ter tido o privilégio de fazer esse trabalho. -- Manuscrito 95, 1909. Lidar com o mal pronta e firmemente OC 158 3 A desobediência deve ser punida. O mal deve ser corrigido. A iniqüidade armazenada no coração da criança deve ser enfrentada e vencida pelos pais e professores. O mal deve ser tratado com prontidão e sabedoria, com firmeza e decisão. Deve-se lidar cuidadosamente com o ódio à restrição, o amor à condescendência própria, e a indiferença para com as coisas eternas. A menos que o mal seja erradicado, a alma estará perdida. E mais do que isto: aquele que se dispõe a seguir a direção de Satanás procura constantemente tentar os outros. Desde os mais tenros anos de nossos filhos, devemos procurar vencer neles o espírito do mundo. -- Carta 166, 1901. Algumas vezes a vara é necessária OC 158 4 A mão pode perguntar: "Nunca deverei castigar meu filho?" A vara pode ser necessária quando falharam outros recursos, contudo não deve fazer uso dela, se for possível evitar. Mas, se medidas mais brandas se mostrarem insuficientes, deve administrar-se com amor o castigo que levará a criança à compreensão de seus deveres. Freqüentemente um só desses corretivos será suficiente para mostrar à criança pelo resto da vida que não é ela quem governa. OC 158 5 E quando esse passo se torna necessário, deve impressionar-se seriamente a criança com o pensamento de que isso não é feito para a satisfação dos pais, ou para comprazer uma autoridade arbitrária, mas para o bem da própria criança. Deve-se-lhe ensinar que cada falta que não é corrigida trará infelicidade a ela, e desagradará a Deus. Sob tal disciplina, as crianças encontrarão maior felicidade em sujeitar sua vontade à vontade de seu Pai celestial. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 116, 117. Como último recurso OC 159 1 Muitas vezes verificareis que, se raciocinardes bondosamente com eles, não precisarão ser açoitados. E tal método de lidar levá-los-á a ter confiança em vós. Tornar-vos-ão seus confidentes. Irão a vós e dirão: Cometi um erro hoje, em tal hora, e quero que me perdoe e que peça a Deus que me perdoe. Tenho passado por cenas como essa e, portanto, sei. ... Dou graças por ter tido coragem, quanto cometeram algum erro, de lidar com eles firmemente, orar com eles, e diante deles conservar as normas da Palavra de Deus. Alegro-me de lhes ter apresentado as promessas feitas ao vencedor, e as recompensas prometidas aos fiéis. -- Manuscrito 27, 1911. Nunca dar uma pancada com ira OC 159 2 Nunca deis em vosso filho uma pancada com ira, a menos que desejeis que aprenda a lutar e contender. Como pais, estais no lugar de Deus para com vossos filhos, e deveis estar de sobreaviso. -- Manuscrito 32, 1899. OC 159 3 Talvez tenhais de puni-los com a vara; isso às vezes é necessário, mas adiai qualquer ajuste da dificuldade até que hajais solucionado o caso com vós mesmos. Perguntai vós mesmos: Tenho eu submetido meu caminho e minha vontade a Deus? Tenho-me colocado onde Deus me possa dirigir, de modo que possa ter sabedoria, paciência, bondade e amor no trato com os elementos refratários, no lar? -- Manuscrito 79, 1901. Aviso a um pai irascível OC 159 4 Irmão L., já considerastes o que é uma criança e para onde vai? Vossos filhos são os membros mais novos da família do Senhor -- irmãos e irmãs confiados ao vosso cuidado, por vosso Pai celestial, a fim de que os prepareis e eduqueis para o Céu. Quando os estais manobrando com tanta aspereza como freqüentemente o fazeis, considerais que Deus vos chamará às contas por esse trato? Não deveis tratar vossos filhos com essa aspereza. A criança não é um cavalo ou um cão para ser mandada autoritariamente segundo vossa imperiosa vontade, ou, em todas as circunstâncias, ser controlada com um cacete ou um chicote, ou com tapas. Algumas crianças têm um temperamento tão viciado que é necessário provocar-lhe dor, mas muitíssimos casos se tornam muito piores com essa maneira de disciplina. ... OC 160 1 Nunca levanteis a mão para lhes dar um tapa, a não ser que possais, com clara consciência, curvar-vos diante de Deus e pedir Sua bênção sobre a correção que estais prestes a dar. Incentivai o amor no coração de vossos filhos. Apresentai-lhes motivos elevados e corretos para o domínio próprio. Não lhes deis a impressão de que se devem submeter ao governo porque essa é a vossa vontade arbitrária, porque são fracos e vós sois fortes, porque vós sois o pai e eles os filhos. Se desejardes arruinar a vossa família, continuai a governar pela força bruta, e certamente tereis êxito. -- Testimonies for the Church 2:259, 260. Nunca sacudir uma criança que erra OC 160 2 Os pais não têm dado aos filhos uma educação correta. Freqüentemente manifestam as mesmas imperfeições vistas nos filhos. Comem indevidamente, e isso atrai as suas energias nervosas para o estômago; e não têm vitalidade para se expandir em outras direções. Não podem dominar devidamente os filhos devido à sua própria impaciência; tampouco lhes podem ensinar o caminho certo. Talvez os peguem asperamente e lhes dêem, impacientemente, uma sacudidela. Tenho dito que sacudir uma criança, jogará dois espíritos maus para dentro, enquanto joga um para fora. Se a criança estiver errada, sacudi-la apenas a torna pior. Não a subjuga. -- Testimonies for the Church 2:365. Usar primeiro a razão e a oração OC 160 3 Raciocinai primeiro com vossos filhos. Apontai-lhes claramente seus erros, convencei-os de que não somente pecaram contra vós, mas contra Deus. Com o coração cheio de piedade e de tristeza pelos vossos filhos que erram, orai com eles antes de corrigi-los. Então verão que não os punis porque vos têm causado incômodo, ou porque quereis desabafar sobre eles o vosso desagrado, mas devido ao senso do dever, para o seu bem; e eles vos amarão e respeitarão. -- The Signs of the Times, 10 de Abril de 1884. OC 160 4 Essa oração poderá causar-lhes tal impressão no espírito que verão que não sois insensatos. E se os filhos virem que não sois injustos, tendes alcançado uma grande vitória. Essa é a obra que deve ser levada avante em vosso círculo familiar, nestes últimos dias. -- Manuscrito 73, 1909. A eficácia da oração na crise disciplinar OC 161 1 Não os ameaceis com a ira de Deus, se cometerem um erro antes levai-os a Cristo em oração. -- Manuscrito 27, 1893. OC 161 2 Antes de ocasionar dor física a vosso filho, revelai, se sois pai ou mãe cristãos, o amor que tendes por vossos pequenos, que são sujeitos a errar. Prostrando-vos perante Deus com vosso filho, apresentareis diante do Redentor, que é cheio de simpatia, as Suas próprias palavras: "Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Marcos 10:14. Esta oração trará anjos ao vosso lado. Vosso filho não se esquecerá dessas experiências, e a bênção de Deus repousará sobre tal instrução, levando-o a Cristo. Quando as crianças compreendem que seus pais estão procurando ajudá-las, elas aplicam suas energias na devida direção. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 117, 118. Experiências pessoais quanto à disciplina OC 161 3 Nunca permiti que meus filhos pensassem, na meninice, que me podiam atormentar. Também criei em minha família outros de outras famílias, mas nunca deixei que essas crianças pensassem que podiam atormentar sua mãe. Nunca me permiti dizer uma palavra áspera ou ficar impaciente ou irritada com as crianças. Nunca tiraram vantagem de mim nenhuma vez -- nenhuma vez, para me provocar a ira. Quando o meu espírito estava abalado, ou quando me parecia que estava sendo provocada, dizia: "Crianças, deixemos isso descansar agora. Nada mais diremos a este respeito agora. Antes de nos deitarmos, falaremos de novo." Tendo todo esse tempo para refletir, pela noite já haviam moderado, e eu podia manobrá-los com muita facilidade. ... OC 161 4 Há um modo certo e um modo errado. Nunca levantei a mão para meus filhos, antes de falar com eles; e se cediam, e se viam o seu erro (sempre o fizeram, quando eu lhes apresentava isso e com eles orava), e se eram submissos (e sempre eram quando eu assim fazia), então eu os tinha sob o meu controle. Nunca os encontrei de outra forma. Quando eu orava com eles, acalmavam-se todos e lançavam os braços ao redor do meu pescoço e choravam. ... OC 161 5 Ao corrigir meus filhos, nunca deixei que nem mesmo minha voz se mudasse de qualquer forma. Quando via alguma coisa errada, esperava até que o "calor" passasse, e então os pegava, depois de terem tido uma oportunidade para reflexão e estarem envergonhados. Ficavam envergonhados se eu lhes dava uma hora ou duas para pensarem sobre essas coisas. Eu sempre saía e orava. Não lhes falava então. OC 161 6 Depois de terem sido deixadas consigo mesmas por um pouco, vinham a mim por causa disso. "Bem", dizia eu, "esperaremos até à noite." Nessa ocasião tínhamos um período de oração e então eu lhes dizia que eles prejudicaram sua própria alma, e entristeceram o Espírito de Deus com a sua má atitude. -- Manuscrito 82, 1901. Tomar tempo para orar OC 162 1 Quando me sentia perturbada e era tentada a pronunciar palavras de que me envergonharia, ficava silenciosa e saía da sala, pedia a Deus que me desse paciência para eu ensinar essas crianças. Então podia voltar e falar com elas, dizendo-lhes que não deveriam cometer outra vez esse erro. Podemos tomar tal posição nesse assunto que não provoquemos a ira das crianças. Devemos falar bondosa e pacientemente, lembrando-nos todo o tempo de quão extraviados somos e como desejamos ser tratados pelo nosso Pai celestial. OC 162 2 Ora, essas são as lições que os pais devem aprender, e quando as tiverdes aprendido, sereis os melhores estudantes da escola de Cristo, e vossos filhos serão os melhores filhos. Dessa maneira podereis ensinar-lhes a respeitar a Deus e a guardar Sua lei, pois tereis excelente governo sobre eles, e ao fazê-lo estareis criando e trazendo para a sociedade filhos que serão uma bênção a todos os que os cercam. Vós os estais preparando para serem cooperadores de Deus. -- Manuscrito 19, 1887. A alegria pode seguir-se à dor da disciplina OC 162 3 O verdadeiro meio de tratarmos com as provações não é procurar escapar-nos delas, mas transformá-las. Isso se aplica a toda a disciplina, tanto a da infância como a posterior. A negligência dos primeiros ensinos à criança e o conseqüente fortalecimento das más tendências tornam sua educação posterior mais difícil fazendo com que a disciplina se torne freqüentemente uma operação complicada. Difícil deve ser para a natureza inferior, contrariando, como faz, aos desejos e inclinações naturais; mas tais penas devem se perder de vista na perspectiva de uma maior alegria. OC 162 4 Ensine-se à criança e jovem que todo o erro, toda a falta, toda a dificuldade vencidos, se tornam um degrau no acesso a coisas melhores e mais elevadas. É mediante tais experiências que todos os que tornaram a vida digna de ser vivida alcançaram o êxito. -- Educação, 295, 296. O livro-guia divino OC 163 1 Os pais que querem criar devidamente os filhos precisam da sabedoria do Céu, a fim de agirem judiciosamente em todas as questões pertinentes à disciplina do lar. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. OC 163 2 A Bíblia é um guia no governo dos filhos. Nela, se os pais quiserem, poderão encontrar um curso demarcado para a educação e preparo de seus filhos, para que não cometam erros crassos. Quando se segue esse roteiro, os pais, em vez de transigirem ilimitadamente com os filhos, usarão com maior freqüência a vara do castigo; em vez de serem cegos às suas faltas, ao seu temperamento perverso, e vivos apenas para as suas virtudes, terão claro discernimento e olharão para essas coisas à luz da Bíblia. Saberão que devem governar seus filhos do modo certo. -- Manuscrito 57, 1897. OC 163 3 Deus não pode levar rebeldes para Seu reino, portanto faz da obediência a Seus mandamentos um requisito especial. Os pais devem ensinar diligentemente aos filhos o que diz o Senhor. Então Deus mostrará aos anjos e aos homens que Ele levantará uma defesa ao redor do Seu povo. -- Manuscrito 64, 1899. A parte dos pais e a de Deus OC 163 4 Pais, quando tiverdes cumprido fielmente vosso dever à altura de vossa capacidade, então podereis pedir com fé ao Senhor que faça pelos vossos filhos aquilo que vós não podeis fazer. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. OC 163 5 Depois de terdes cumprido fielmente o vosso dever para com os vossos filhos, então levai-os a Deus e Lhe pedi que vos ajude. Dizei-Lhe que tendes feito a vossa parte e então pedi com fé que Deus faça a Sua, aquilo que vós não podeis fazer. Pedi-Lhe que lhes modere a disposição, que os faça dóceis e gentis pelo Seu santo Espírito. Ele vos ouvirá orar. Terá prazer em responder às vossas orações. Pela Sua Palavra, tem ordenado que corrijais vossos filhos: "Castiga teu filho enquanto há esperança." Provérbios 19:18. Sua Palavra deve ser atendida nessas coisas. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. ------------------------Capítulo 45 -- Com amor e firmeza Duas maneiras e seu objetivo OC 164 1 Há duas maneiras de lidar com as crianças -- maneiras que diferem amplamente em princípio e resultados. A fidelidade e o amor unidos à sabedoria e à firmeza, de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, trarão alegria nesta vida e na outra. A negligência do dever, a condescendência imprudente, a falta de restringir ou corrigir a insensatez dos jovens resultará em infelicidade e ruína final para os filhos e em desapontamento e angústia para os pais. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. OC 164 2 O amor tem um irmão gêmeo, que é o dever. Esses dois andam lado a lado. A prática do amor, enquanto o dever é negligenciado, fará as crianças obstinadas, voluntariosas, perversas, egoístas e desobedientes. Se o severo dever for deixado só, sem o amor que abranda e atrai, idêntico será o resultado. O dever o amor devem ser misturados a fim de que as crianças sejam devidamente disciplinadas. -- Testemunhos Selectos 1:325. Faltas não corrigidas trazem infelicidade OC 164 3 Sempre que pareça necessário negar os desejos ou se opor à vontade de uma criança, ela deve ser seriamente impressionada com o pensamento de que isso não é feito para satisfazer os pais, ou para condescender com autoridade arbitrária, mas para o seu próprio bem. Deve ser-lhe ensinado que toda falta não corrigida trar-lhe-á infelicidade e desagradará a Deus. Sob tal disciplina, as crianças encontrarão sua maior alegria em submeter sua vontade à de seu Pai celestial. -- Fundamentos da Educação Cristã, 68. OC 164 4 Os jovens que seguem seus próprios impulsos e inclinações não podem ter a verdadeira felicidade nesta vida, e no fim perderão a vida eterna. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. A bondade deve ser a lei do lar OC 164 5 O método divino de governo é um exemplo de como as crianças devem ser disciplinadas. Não há opressão no serviço do Senhor, e não deve haver opressão no lar nem na escola. Contudo, nem pais nem professores devem permitir que o desrespeito à sua palavra fique sem nenhuma observação. Se negligenciarem a correção a seus filhos, por fazerem estes o mal, Deus os responsabilizará por sua negligência. Sejam, porém, eles sóbrios em censurar. Que a bondade seja a lei do lar e da escola. Ensinem-se as crianças a observar a lei do Senhor, e restrinja-as do mal uma disciplina firme, amorável. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 155. Ter consideração pela ignorância infantil OC 165 1 Pais e mães, deveis representar no lar o caráter de Deus. Deveis exigir obediência. Não como uma tormenta de palavras, mas de modo calmo e amável. Deveis estar tão plenos de compaixão que vossos filhos para vós sejam atraídos. -- Manuscrito 79, 1901. OC 165 2 Sede agradáveis no lar. Reprimi toda a palavra que despertaria um temperamento não santificado. "Pais, não provoqueis a ira a vossos filhos" é uma injunção divina. Efésios 6:4. Lembrai-vos de que vossos filhos são jovens em anos e na experiência. Ao governá-los e discipliná-los, sede firmes, mas bondosos. -- The Review and Herald, 21 de Abril de 1904. OC 165 3 As crianças nem sempre distinguem o certo do errado. E quando cometem um erro, freqüentemente são tratadas asperamente em vez de serem instruídas com bondade. -- Manuscrito 12, 1898. OC 165 4 Nenhuma licença é dada na Palavra de Deus para a severidade ou opressão paternas, ou para a desobediência filial. A lei de Deus na vida do lar e no governo das nações flui de um coração de infinito amor. -- Carta 8a, 1896. Simpatia para com as crianças nada promissoras OC 165 5 Vejo a necessidade de os pais lidarem, na sabedoria de Cristo, com os filhos que erram. ... São os nada promissores que de mais paciência e bondade necessitam, da mais terna simpatia. Mas muitos pais revelam um espírito frio e incompassivo, que nunca levará os que erram ao arrependimento. Seja o coração dos pais abrandado pela graça de Cristo, e Seu amor encontrará um caminho para o coração. -- Manuscrito 22, 1890. OC 165 6 A regra do Salvador -- "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também" (Lucas 6:31) -- deve ser a regra de todos os que empreendem a educação das crianças e jovens. Esses são os membros mais novos da família do Senhor; herdeiros conosco da graça da vida. A regra de Cristo deve ser religiosamente observada em relação aos menos inteligentes, aos de menor idade, aos mais desatinados, e mesmo aos transviados e rebeldes. -- Educação, 292, 293. Ajudar as crianças a vencerem OC 165 7 Deus tem uma terna consideração às crianças. Quer que alcancem vitórias cada dia. Esforcemo-nos todos por ajudá-las a serem vencedoras. Não permitais que lhes venham ofensas dos próprios membros de sua família. Não permitais que vossas ações e palavras provoquem a ira de vossos filhos. Contudo devem ser fielmente disciplinados e corrigidos, quando fazem o mal. -- Manuscrito 47, 1908. Elogiar sempre que possível OC 166 1 Elogiai os filhos quando estes fazem o bem, pois uma apreciação criteriosa é para eles tão grande auxílio como é para os de mais idade e compreensão. Nunca sejais intratáveis no santuário do lar. Sede bondosos e sensíveis, demonstrando cortesia cristã, agradecendo e elogiando aos vossos filhos pelo auxílio que vos prestam. -- Manuscrito 14, 1905. OC 166 2 Sede agradáveis. Nunca pronuncieis palavras altas, iradas. Ao restringirdes e disciplinardes vossos filhos, sede firmes mas bondosos. Incentivai-os a cumprir com o seu dever como membros da sociedade familiar. Exprimi vossa apreciação pelos esforços que empregam para reprimir sua inclinação para o mal. -- Manuscrito 22, 1904. OC 166 3 Sede justamente aquilo que desejais que vossos filhos sejam quando tiverem o encargo de suas próprias famílias. Falai como gostaríeis que falassem. -- Manuscrito 42, 1903. Cuidar do tom da voz OC 166 4 Falai sempre com voz calma e fervorosa, na qual não se apresente nenhum indício de ira. Não há necessidade de ira para conseguir imediata obediência. -- Carta 69, 1896. OC 166 5 Pais e mães, sois responsáveis por vossos filhos. Cuidai sob que influência os colocais. Pelo ralhar ou irritar-vos, não percais vossa influência sobre eles para o bem. Deveis guiá-los, não despertar as paixões de seu espírito. Seja qual for a provocação que tenhais, tende a certeza de que vosso tom de voz não traga irritação. Não deixeis que vejam em vós uma manifestação do espírito de Satanás. Isso não vos ajudará a preparar e educar vossos filhos para a vida futura e imortal. -- Manuscrito 47, 1908. Justiça misturada com a misericórdia OC 166 6 Deus é o nosso legislador e rei, e os pais devem colocar-se sob Seu governo. Esse governo proíbe toda a opressão dos pais e toda a desobediência dos filhos. O Senhor está cheio de amável bondade, misericórdia e verdade. Sua lei é santa, justa e boa, e deve ser obedecida por pais e filhos. As leis que devem regular a vida dos pais e dos filhos brotam de um coração de infinito amor, e as ricas bênçãos de Deus repousarão sobre os pais que administram Sua lei no lar, e sobre os filhos que obedecem a esta lei. Sentir-se-á a influência da misericórdia e da justiça combinadas. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Salmos 85:10. OC 167 1 As famílias sob essa disciplina andarão no caminho do Senhor, praticando a justiça e o juízo. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1899. OC 167 2 Os pais que permitem que seu governo se torne um despotismo estão cometendo terrível erro. Fazem mal não somente aos filhos, mas a si mesmos, extinguindo do coração dos seus pequenos o amor que fluiria em atos e palavras de afeto. A bondade, a paciência e o amor demonstrados para com as crianças refletir-se-ão sobre os pais. Tudo o que semearem isso também ceifarão. ... OC 167 3 Enquanto procurais administrar a justiça, lembrai-vos de que ela tem uma irmã gêmea, que é a misericórdia. As duas ficam lado a lado e não devem ser separadas. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. Severidade suscita espírito combativo OC 167 4 Desassociadas do amor, a severidade e a justiça não levarão nossos filhos a fazer o que é direito. Notai quão depressa neles se desperta o espírito combativo. Ora, há um modo muito melhor de dirigi-los que a mera compulsão. A justiça tem uma irmã gêmea -- o amor. Em toda a vossa direção, deixai que o amor e a justiça se dêem as mãos e certamente tereis o auxílio de Deus a cooperar com os vossos esforços. O Senhor, vosso misericordioso Redentor, deseja abençoar-vos e dar-vos Sua mente, e Sua graça, e Sua salvação, para que possais ter um caráter que Deus possa aprovar. -- Carta 19a, 1891. OC 167 5 A autoridade dos pais deve ser absoluta, no entanto não se deve abusar desse poder. No controle dos filhos o pai não deve ser governado pelo capricho, mas pela norma bíblica. Quando ele permite seus ásperos traços de caráter preponderarem, torna-se um déspota. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. Reprovar, mas com ternura OC 167 6 Sem dúvida vereis faltas e caprichos em vossos filhos. Dir-vos-ão alguns pais que falam com os filhos e os punem, mas não vêem isso fazer-lhes nenhum bem real. Experimentem tais pais novos métodos. Misturem a bondade, o afeto e o amor com o seu governo familiar, e ainda assim sejam tão firmes como a rocha aos princípios retos. -- Manuscrito 38, 1895. OC 167 7 Ninguém que lida com jovens deve ter coração de ferro, antes deve ser afetuoso, terno, compassivo, cortês, cativante e sociável. No entanto, devem saber que devem ser dadas reprovações e que há mesmo necessidade de censura, para extinguir algum malfeito. -- Manuscrito 68, 1897. OC 168 1 Fui instruída a dizer aos pais: Levantai a norma de comportamento em vosso lar. Ensinai vossos filhos a obedecer. Governai-os, combinando a influência do afeto com a autoridade piedosa. Tal seja vossa vida que de vós se possam falar as palavras de louvor ditas a respeito de Cornélio, de quem se diz que era "temente a Deus, com toda a sua casa". Atos 10:2. -- The Review and Herald, 21 de Abril de 1904. Nem severidade nem condescendência excessiva OC 168 2 Não simpatizamos com a disciplina que desanima os filhos pela censura áspera ou irrita-os pela correção irada, e então, ao mudar o impulso, sufoca-os com beijos ou os prejudica com recompensas prejudiciais. Devem igualmente ser evitadas a transigência excessiva e a indevida severidade. Embora a vigilância e a firmeza sejam indispensáveis, também o são a simpatia e a ternura. Pais, lembrai-vos de que lidais com crianças que estão lutando com tentações, e que para elas essas instigações do mal são tão difíceis de resistir como as que assediam pessoas de idade madura. Crianças que realmente desejam fazer o que é correto podem falhar freqüentes vezes, e outras tantas vezes necessitam encorajamento para terem energia e perseverança. Vigiai a obra desses espíritos jovens com piedosa solicitude. Fortalecei cada bom impulso; animai toda ação nobre. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. Manter uniforme firmeza, controle sem irritação OC 168 3 As crianças têm natureza amorável e sensível. Facilmente são agradadas e facilmente sentem-se infelizes. Mediante disciplina gentil em palavras e atos de amor a mãe pode unir os filhos ao seu coração. É grande erro mostrar severidade e ser muito exigente com as crianças. Firmeza uniforme e controle desapaixonado são necessários na disciplina de toda a família. Dizei calmamente o que pretendeis, agi com consideração e ponde em prática o que dizeis sem vos desviardes. OC 168 4 Compensará manifestar afeto no convívio com vossos filhos. Não os repulseis por falta de terna compreensão em seus brinquedos, alegrias e desgostos. Nunca deixeis que haja sobrancelhas carregadas em vossa fronte, ou que uma palavra áspera vos escape dos lábios. -- Lar Adventista, O, 309. OC 168 5 Mesmo a bondade deve ter seus limites. A autoridade deve ser mantida com firme severidade, ou por muitos será recebida com escárnio e desprezo. A chamada ternura, a adulação e a transigência usadas pelos pais e tutores para com os jovens, é o pior mal que lhes pode sobrevir. Firmeza, decisão, exigências positivas são essenciais em cada família. -- Testimonies for the Church 5:45. Lembrar-se dos próprios erros OC 169 1 Lembrem-se os pais e mães de que eles mesmos não passam de crianças crescidas. Embora grande luz lhes tenha brilhado no caminho, e tenham tido longa experiência, contudo, com quanta facilidade são incitados à inveja, ao ciúme e às más suspeitas. Devido aos seus próprios enganos e erros, devem aprender a tratar delicadamente com os filhos que erra. -- Manuscrito 89, 1894. OC 169 2 Pode ser que às vezes fiqueis aborrecidos porque vossos filhos contrariam o que lhes ordenastes. Mas já pensastes que vós muitas vezes contrariastes o que o Senhor vos ordenou? -- Manuscrito 45, 1911. Como despertar amor e confiança OC 169 3 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração das crianças. Caso reunissem as crianças bem junto a si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em seus esportes, tornando-se por vezes uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 76, 77. Imitar a Cristo OC 169 4 Ele [Cristo] identificou-Se com os humildes, os necessitados e os aflitos. Tomou em Seus braços as crianças e desceu ao nível dos pequenos. Seu amplo coração de amor podia-lhes compreender as provas e necessidades e Se alegrou com sua felicidade. Seu espírito cansado do ruído e da confusão das cidades apinhadas, cansado do convívio com homens astuciosos e hipócritas, encontrou descanso e paz na companhia de inocentes crianças. Sua presença nunca os repulsou. A Majestade do Céu condescendeu em lhes responder as perguntas, e simplificou as Suas importantes lições para atender à sua compreensão infantil. Plantou-lhes na mente jovem e em expansão as sementes da verdade que brotariam e produziriam abundante colheita em seus anos maduros. -- Testimonies for the Church 4:141. Um jovem que necessitava de simpatia OC 170 1 Tenho lido vossas cartas com interesse e simpatia. Diria que vosso filho precisa agora de um pai como nunca dantes necessitou. Ele errou; vós o sabeis, e ele sabe que sabeis; e palavras que com segurança lhes poderíeis ter falado, em sua inocência, e que não teriam produzido nenhum mau resultado, poderiam parecer agora como falta de bondade e cortantes como uma navalha. ... Sei que os pais ficam envergonhados com os malfeitos de um filho que os desonrou muitíssimo, mas os que erram ferirão e machucarão o coração do pai terrestre mais do que nós como filhos de Deus magoamos nosso Pai celestial, que nos deu e ainda nos está dando Seu amor, convidando-nos para voltar e nos arrependermos de nossos pecados e iniqüidades e Ele perdoará a nossa transgressão? OC 170 2 Não retenhais vosso amor agora. Esse amor e simpatia são agora necessários mais do que nunca dantes. Quando outros olham com frieza e dão a pior interpretação aos malfeitos de vosso filho, não deveriam o pai e a mãe, com piedosa ternura, procurar guiar-lhes os passos para o caminho seguro? Não conheço o caráter dos pecados de vosso filho, mas estou segura ao dizer, sejam eles quais forem: Não permitais que nenhum comentário de lábios humanos, nenhuma pressão de ações humanas, dos que julgam estar fazendo justiça, vos façam adotar uma atitude que leve vosso filho a interpretar que vos sentis tão mortificados e desonrados que jamais voltareis a ter nele confiança nem lhe perdoareis as transgressões. Nada vos faça perder a esperança. Nada destrua vosso amor e ternura para com o que errou. Justamente porque está em erro, ele necessita de vós, e necessita de um pai e de uma mãe que o ajudem a se libertar das ciladas de Satanás. Prendei-o pela fé e pelo amor, e apegai-vos ao todo compassivo Redentor, relembrando que existe Alguém que tem nele um interesse mesmo maior que o vosso. ... OC 170 3 Não faleis em desânimo e desespero. Falai em ânimo. Dizei-lhe que ele se pode redimir, que vós, seu pai e sua mãe, o ajudareis a apegar-vos às forças do Alto para firmar os pés na sólida Rocha, Cristo Jesus, e nEle achar apoio seguro e força infalível. Mesmo que sua falta seja muito grave, não curará vosso filho lançar-lhe isso constantemente em rosto. Há necessidade de uma atitude correta para salvar uma alma da morte e evitar que cometa uma multidão de pecados. -- Carta 18, 1890. Auxílio divino para vencer um temperamento precipitado OC 170 4 Desejo dizer a cada pai e mãe: Se tendes um temperamento precipitado, buscai o auxílio de Deus para vencê-lo. Quando sois tentados a perder a paciência, entrai em vosso aposento, ajoelhai-vos e pedi a Deus que vos ajude a exercer a devida influência sobre vossos filhos. -- Manuscrito 33, 1909. OC 171 1 Mães, quando cedeis à impaciência e tratais asperamente vossos filhos, não estais aprendendo de Cristo, mas de outro mestre. Jesus diz: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:29, 30. Quando achais duro vosso trabalho, quando vos queixais das dificuldades e provas, quando dizeis que não tendes força para suportar a tentação, que não podeis vencer a impaciência e que a vida do cristão é uma obra de escalada, estai certo de que não estais levando o jugo de Cristo; levais o jugo de outro senhor. -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. Refletindo a imagem divina OC 171 2 A igreja necessita de homens de espírito manso e quieto, que sejam longânimos e pacientes. Aprendam eles esses atributos ao lidar com sua família. Pensem bastante mais os pais no interesse eterno dos filhos do que pensam em seu conforto presente. Considerem os filhos como membros mais novos da família do Senhor, e os eduquem e disciplinem de tal maneira que os leve a refletir a imagem divina. -- The Review and Herald, 16 de Julho de 1895. ------------------------Capítulo 46 -- Males da condescendência O verdadeiro amor não é condescendente OC 172 1 O amor é a chave do coração da criança, mas o amor que leva os pais a transigirem com os filhos nos desejos ilegais não é um amor que atue para o seu bem. O afeto sincero que brota do amor a Jesus habilitará os pais a exercerem criteriosa autoridade e a exigirem pronta obediência. O coração de pais e filhos necessita estar intimamente unido, para que, como uma família, possam ser um meio pelo qual a sabedoria, virtude, paciência, bondade e amor possam fluir. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. Demasiada liberdade faz filhos pródigos OC 172 2 A razão de os filhos não se tornarem piedosos é ser-lhes permitida demasiada liberdade. Há transigência para com sua vontade e inclinação. ... Muitos filhos pródigos assim se tornam devido à transigência no lar, porque os pais não têm sido praticantes da Palavra. O espírito e o propósito devem ser mantidos por princípios firmes, constantes e santificados. A firmeza e o afeto devem ser fortalecidos por um exemplo amável e firme. -- Carta 117, 1898. A condescendência, torna difícil a direção OC 172 3 Pais, tornai o lar feliz para os vossos filhos. Mas isso não significa que deveis ser condescendentes para com eles. Quanto mais com eles se transige, tanto mais difíceis serão de dirigir, e tanto mais difícil ser-lhes-á levar vida verdadeira e nobre quando saírem para o mundo. Se lhes permitirdes fazer o que querem, sua pureza e bondade de caráter depressa desaparecerão. Ensinai-lhes a obedecer. Vejam eles que vossa autoridade deve ser respeitada. Isso pode parecer trazer-lhes um pouco de infelicidade agora, mas os livrará de muita infelicidade no futuro. -- Manuscrito 2, 1903. OC 172 4 Transigir com a criança nova no erro é pecado. A criança deve ser conservada sob controle. -- Carta 144, 1906. OC 172 5 Se se permite as crianças seguirem a sua vontade, elas recebem a idéia de que devem ser servidas, cuidadas, favorecidas e divertidas. Julgam que seus desejos e vontades devem ser satisfeitos. -- Manuscrito 27, 1896. OC 172 6 Não deveria ela [a mãe] deixar o filho seguir de vez em quando seu próprio caminho, permitir-lhe fazer justamente o que deseja, consentir em que seja desobediente? Certamente que não; pois tão logo o faça, deixa Satanás implantar em seu lar sua infernal bandeira. Deve travar a batalha daquela criança, que ela sozinha não pode enfrentar. Essa é a sua obra: repreender o diabo, buscar sinceramente a Deus, e nunca permitir que Satanás lhe tire justamente o filho dos braços e o coloque nos seus. -- Manuscrito 13, 1888. A transigência causa inquietação OC 173 1 Em algumas famílias, a vontade da criança é lei. Tudo que ela deseja é-lhe dado. Tudo aquilo de que não gosta é incentivada a não gostar. Supõe-se que essa transigência torne a criança feliz, mas são justamente essas coisas que a tornam inquieta, descontente e insatisfeita com tudo. A condescendência tem-lhe estragado o apetite pelos alimentos simples e saudáveis, pelo uso verdadeiro e próprio de seu tempo; a tolerância efetuou a obra de desajustar esse caráter para o tempo e para a eternidade. -- Manuscrito 126, 1897. A censura eficiente de Eliseu ao desrespeito OC 173 2 A idéia de que nos devemos submeter às maneiras de crianças perversas é um erro. Eliseu, justamente no começo de sua obra, foi escarnecido e ridicularizado pelos jovens de Betel. Era um homem de grande mansidão, mas o Espírito de Deus o impeliu a pronunciar uma maldição sobre aqueles insultadores. Tinham ouvido da ascensão de Elias e fizeram desse solene acontecimento assunto de zombaria. Eliseu demonstrou que não estava em sua sagrada vocação para ser ridicularizado por velhos ou moços. Quando eles lhe disseram que era melhor que subisse, como Elias fizera diante dele, amaldiçoou-os em nome do Senhor. O terrível juízo que caiu sobre eles era de Deus. OC 173 3 Depois disso, Eliseu não teve mais dificuldade em sua missão. Durante cinqüenta anos, entrou e saiu pelos portais de Betel, e andou de uma parte para outra, de cidade em cidade, passando por multidões dos piores e mais rudes jovens ociosos e dissolutos; mas ninguém jamais zombou dele ou fez pouco de suas qualificações como profeta do Altíssimo. -- Testimonies for the Church 5:44, 45. Não ceder ante a adulação OC 173 4 Os pais terão muito pelo que responder no dia de ajuste de contas, devido à sua ímpia transigência com os filhos. Muitos satisfazem todo o desejo absurdo, porque desse modo é mais fácil verem-se livres de sua importunação do que de qualquer outro. Deve a criança ser ensinada de tal maneira que a recusa seja recebida no devido espírito e aceita como palavra decisiva. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Não dar mais crédito à palavra da criança do que a dos outros OC 173 5 Os pais não devem passar por alto os pecados dos filhos. Quando esses pecados são denunciados por algum amigo fiel, o pai não deve achar que seus direitos foram invadidos, que recebeu uma ofensa pessoal. Os hábitos de cada jovem e de cada criança afetam o bem-estar da sociedade. A atitude errada de um jovem pode conduzir muitos outros para o mau caminho. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. OC 174 1 Não deixeis vossos filhos verem que dais mais crédito à palavra deles que às declarações de cristãos mais velhos. Não lhes poderíeis causar maior prejuízo. Dizendo: Creio nos meus filhos mais do que naqueles de quem tenho evidência de que são filhos de Deus, incentivais neles o hábito de proferirem mentiras. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. A herança de uma criança estragada OC 174 2 É impossível descrever os males que resultam de deixar a criança entregue à sua própria vontade. Alguns que se extraviam porque são negligenciados na infância, mais tarde, incutindo-se-lhes lições práticas, voltarão a si, mas muitos se perdem para sempre porque na infância e juventude receberam apenas uma cultura parcial, unilateral. A criança que é assim prejudicada tem um pesado fardo a levar por toda a vida. Nas provações, nos desapontamentos, nas tentações, ela seguirá sua vontade indisciplinada, mal dirigida. As crianças que nunca aprenderam a obedecer terão caráter fraco, impulsivo. Procuram governar, mas não aprenderam a sujeitar-se. Não têm força moral para restringir seu temperamento extravagante, corrigir seus maus hábitos ou subjugar a vontade insubmissa. Os desvarios da meninice não disciplinada tornam-se herança da idade madura. O intelecto pervertido mal pode discernir entre o verdadeiro e o falso. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 112, 113. ------------------------Capítulo 47 -- Disciplina frouxa e seus frutos O ensino deficiente afeta toda a vida religiosa OC 175 1 Um ai repousa sobre os pais que não têm ensinado os filhos a serem tementes a Deus, antes lhes têm permitido tornarem-se homens e mulheres indisciplinados e sem controle. Durante sua infância, era-lhes permitido manifestar ira e teimosia, e agir por impulso; e trazem esse mesmo espírito para seus próprios lares. Têm temperamento defeituoso e domínio autoritário. Mesmo ao aceitar a Cristo, não venceram as paixões que permitiram governar seu coração infantil. Durante toda a sua vida religiosa, sofrem os resultados de seu ensino na infância. É coisa bem difícil remover a impressão assim feita sobre a planta do Senhor; pois para o lado em que se verga a haste, para este se inclina a árvore. Se esses pais aceitam a verdade, têm uma dura luta a travar. Seu caráter pode ser transformado, mas toda a sua experiência religiosa é afetada pela frouxa disciplina sobre eles exercida na infância. E os filhos têm de sofrer devido a essa educação defeituosa; pois sobre eles imprimem suas faltas até a terceira e quarta geração. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1900. Os Elis de hoje OC 175 2 Quando os pais como Eli sancionam e assim perpetuam os erros dos filhos, Deus certamente os levará ao lugar em que verão que não somente destruíram a sua própria influência, mas também a dos jovens a quem deveriam ter restringido. ... Terão de aprender lições amargas. -- Manuscrito 33, 1903. OC 175 3 Oh, se os Elis de hoje, que se encontram por toda a parte buscando desculpas para os desvios dos filhos, assumissem prontamente a autoridade que lhes foi dada por Deus para os restringir e corrigir! Que os pais e tutores que passam por alto e desculpam o pecado dos que estão sob seus cuidados se lembrem de que assim se tornam cúmplices desses males. Se em vez de ilimitada transigência, fosse a vara do castigo usada com mais freqüência, não com ira mas com amor e oração, veríamos famílias mais felizes e a sociedade em melhor estado. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. OC 175 4 A negligência de Eli é claramente apresentada perante todo o pai e mãe da Terra. Como resultado de seu afeto não santificado e de sua má vontade de cumprir um dever desagradável, fez uma colheita de iniqüidade em seus perversos filhos. Tanto o pai que permitiu a impiedade, como os filhos que a praticaram, eram culpados diante de Deus, e Ele não aceitaria oferta ou sacrifício por sua transgressão. -- The Review and Herald, 4 de Maio de 1886. A sociedade amaldiçoada por caracteres defeituosos OC 176 1 Oh, quando serão sábios os pais, quando verão e reconhecerão o caráter de sua obra ao negligenciarem exigir obediência e respeito segundo as instruções da Palavra de Deus? Os resultados dessa frouxa disciplina vêem-se nas crianças quando estas saem para o mundo e assumem seu lugar à testa de suas próprias famílias. Perpetuam os erros dos pais. Seus traços defeituosos são largamente ampliados, e eles transmitem aos outros os gostos, hábitos e temperamentos maus que lhes foi permitido desenvolver em seu próprio caráter. Tornam-se assim uma maldição, em vez de uma bênção para a sociedade. -- Testimonies for the Church 5:324, 325. OC 176 2 A impiedade que hoje existe no mundo pode ser atribuída à negligência dos pais em disciplinarem a si mesmos e aos filhos. Milhares e milhares de vítimas de Satanás são o que são devido à maneira nada criteriosa em que foram governados durante a infância. Severa censura de Deus recai sobre essa falta de direção. -- Manuscrito 49, 1901. Afrouxando as rédeas da disciplina OC 176 3 Os filhos mal governados, que não são ensinados a obedecer e a respeitar, unem-se ao mundo e tomam os pais na mão, pondo neles um freio e levando-os onde bem lhes parece. Com muita freqüência, justamente no momento em que os filhos deveriam mostrar incontestável respeito e obediência ao conselho dos pais, estes afrouxam as rédeas da disciplina. Pais que até aqui têm sido brilhantes exemplos de genuína piedade são agora guiados pelos filhos. Foi-se a sua firmeza. Pais, que com singeleza de propósito têm suportado a cruz de Cristo e sobre si conservado as marcas do Senhor Jesus, são levados pelos filhos para caminhos duvidosos e incertos. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. Condescendendo com os filhos mais velhos OC 176 4 Pais e mães, que devem compreender a responsabilidade que sobre eles repousa, afrouxam sua disciplina para satisfazer às inclinações dos filhos e filhas em crescimento. A vontade da criança é a lei reconhecida. Mães que têm sido firmes, constantes e inflexíveis em seu apego ao princípio, mantendo simplicidade e fidelidade, tornam-se condescendentes quando os filhos se tornam homens e mulheres. Em seu amor à ostentação, entregam os filhos a Satanás com suas próprias mãos, como os judeus apóstatas, fazendo-os passar pelo fogo a Moloque. -- Manuscrito 119, 1899. Desonrando a Deus para alcançar o favor dos filhos OC 176 5 Pais e mães estão dando rédeas soltas à inclinação dos filhos infiéis, e assistindo-os com dinheiro e facilidades para fazê-los aparecer no mundo. Oh, que contas terão esses pais de prestar a Deus! Desonram a Deus e prestam toda a honra a seus obstinados filhos, abrindo-lhes as portas para divertimentos que no passado condenavam por princípio. Têm permitido que o jogo de cartas, festas e bailes ganhem seus filhos para o mundo. Na hora em que mais forte devia ser sua influência sobre os filhos, dando um testemunho do que significa o verdadeiro cristianismo, como Eli, colocam-se sob a maldição de Deus, por desonrá-Lo e desrespeitarem aos Seus reclamos, a fim de alcançarem o favor dos filhos. Uma aparente piedade não terá muito valor na hora da morte. Embora alguns ministros do Evangelho possam aprovar essa espécie de religião, os pais verificarão que estão abandonando a coroa da glória para obter lauréis que nenhum valor têm. Que Deus ajude os pais e mães a despertar quanto ao seu dever! -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1897. Ser o que desejam que os filhos sejam OC 177 1 Sede o que desejais que vossos filhos sejam. Por preceito e por exemplo, os pais têm perpetuado em sua posteridade seu próprio cunho de caráter. Seu temperamento e suas palavras caprichosos, ásperos e descorteses são impressos nos filhos e nos filhos dos filhos, e assim os defeitos da má orientação dos pais contra eles testifica de geração em geração. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1894. ------------------------Capítulo 48 -- A reação da criança Quanto à provocação OC 177 2 Os filhos são exortados a obedecer aos pais no Senhor, mas também se recomenda aos pais: "Não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo." Colossences 3:21. -- Manuscrito 38, 1895. OC 177 3 Freqüentemente fazemos mais para provocar do que para ganhá-los. Vi uma mãe arrancar da mão do filho algo que lhe estava proporcionando prazer especial. A criança não soube a razão disso, e naturalmente sentiu-se ofendida. Seguiu-se então uma rixa entre mãe e filho, e um castigo severo finalizou a cena quanto ao que respeitava às aparências exteriores; mas tal batalha deixou naquele espírito tenro uma impressão que não se apagaria facilmente. Esta mãe agiu imprudentemente. Não raciocinou partindo da causa para o efeito. Seu procedimento ríspido e insensato suscitou as piores paixões no coração do filho, e em toda ocasião semelhante tais paixões se despertavam e fortaleciam. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 117. Ao achar faltas OC 178 1 Não tendes o direito de trazer uma nuvem sombria sobre a felicidade de vossos filhos devido ao achar faltas ou a censura severa por erros insignificantes. Deve-se fazer que o verdadeiro mal apareça justamente tão pecaminoso como é, e se deve assumir uma atitude decidida e firme para evitar sua repetição; contudo não se deve deixar a criança num desesperado estado de espírito, mas com certo grau de coragem para que possa melhorar e alcançar a vossa confiança e aprovação. Podem as crianças desejar fazer o que é direito, podem assentar em seu coração serem obedientes; mas necessitam de auxílio e de animação. -- The Signs of the Times, 10 de Abril de 1884. Quanto à disciplina severa demais OC 178 2 Oh, como Deus é desonrado numa família onde não há verdadeira compreensão quanto ao que constitui a disciplina familiar, e os filhos estão confusos quanto ao que é disciplina e governo! É verdade que a disciplina dura demais, a crítica em demasia, leis e regulamentos desnecessários levam ao desrespeito da autoridade e a desconsiderar finalmente esses regulamentos que Cristo quer que sejam cumpridos. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. OC 178 3 Quando os pais mostram um espírito áspero, severo e autoritário, desperta-se na criança um espírito de insubordinação e capricho. Assim os pais deixam de ter sobre os filhos a influência amenizadora que poderiam exercer. OC 178 4 Pais, não podeis ver que palavras ásperas provocam resistência? Que faríeis se fôsseis tratados com tanta desconsideração como tratais aos vossos pequeninos? É vosso dever estudar da causa para o efeito. Quando xingastes vossos filhos, quando com furiosas pancadas batestes naqueles que eram demasiado pequenos para se defenderem, perguntastes a vós mesmos que efeito teria sobre vós tal tratamento? Tendes pensado em quão sensíveis sois quanto às palavras de censura ou culpa? Quão depressa vos ofendeis ao pensardes que alguém deixa de reconhecer a vossa capacidade? Sois apenas crianças crescidas. Então pensai em como se sentem os vossos filhos quando lhes dirigis palavras ásperas e cortantes, punindo-os severamente por faltas que não são nem metade tão graves à vista de Deus do que o tratamento que lhes dais. -- Manuscrito 42, 1903. OC 179 1 Muitos pais que professam ser cristãos não são convertidos. Cristo não habita pela fé em seu coração! Sua aspereza, sua imprudência, seu temperamento indomável desgostam os filhos e os tornam avessos a toda instrução religiosa. -- Carta 18b, 1891. Quanto à censura contínua OC 179 2 Em nossos esforços de corrigir o mal, devemos precaver-nos contra a tendência de descobrir as faltas de outrem e censurá-las. A contínua censura confunde mas não reforma. Para muitos espíritos e freqüentemente os mais delicados, uma atmosfera de crítica destituída de simpatia é fatal aos esforços. As flores não desabrocham ao sopro de um vento cortante. OC 179 3 Uma criança freqüentemente censurada por alguma falta especial vem a considerar aquela falta como uma peculiaridade sua, ou alguma coisa contra que seria vão esforçar-se. Assim se cria o desânimo e a falta de esperança, muitas vezes ocultos sob a aparência de indiferença ou arrogância. -- Educação, 291. Quanto à ordens e xingamentos OC 179 4 Alguns pais suscitam muita tempestade por sua falta de domínio próprio. Em lugar de pedirem bondosamente aos filhos para fazerem isto ou aquilo, ordenam com ira, tendo ao mesmo tempo nos lábios uma censura ou reprovação que as crianças não mereceram. Pais, esse modo de agir destrói a felicidade e a ambição dos filhos. Fazem o que ordenais, não por amor, mas porque não ousam proceder diversamente. Não têm o coração no que fazem. É um trabalho servil, em vez de um prazer, e isso os leva a esquecer-se de seguir vossas orientações, o que vos aumenta a irritação e se torna ainda pior para as crianças. Repetem-se as censuras, repete-se a vossa má conduta, até que o desânimo se apodera delas e não mais cogitam se estão agradando ou não. Tomam-se de um espírito de "não me importo", e procuram fora de casa, fora dos pais, o prazer e satisfação que aí não encontram. Misturam-se com companheiros de rua e podem se tornar tão corrompidos quanto os piores. -- Testemunhos Selectos 1:133, 134. Quanto a uma atitude arbitrária OC 179 5 A vontade dos pais deve estar sob a disciplina de Cristo. Amoldados e dirigidos pelo puro Espírito Santo de Deus, podem estabelecer inquestionável domínio sobre os filhos. Mas se os pais são severos e exigentes demais na disciplina, fazem uma obra que jamais poderão desfazer. Pela sua atitude arbitrária, despertam o sentimento de injustiça. -- Manuscrito 7, 1899. Quanto à injustiça OC 180 1 As crianças são sensíveis à mínima injustiça, e algumas ficam desanimadas ao sofrê-la, e nem darão ouvidos à alta e zangada voz de comando, nem se importarão com ameaças de castigo. Muitas vezes se instala nos corações infantis a rebelião, devido a uma errônea disciplina por parte dos pais quando, houvesse sido seguida a devida direção, elas teriam formado caráter harmônico e bom. Uma mãe que não tem perfeito domínio de si mesma não é apta para governar os filhos. -- Testemunhos Selectos 1:138. Quanto às sacudidas ou pancadas OC 180 2 Quando a mãe dá no filho uma sacudida ou pancada, julgais que isso o habilita a ver a beleza do caráter cristão? Verdadeiramente não. Apenas tende a despertar no coração mau sentimento, e a criança não é corrigida em absoluto. -- Manuscrito 45, 1911. Quanto às palavras ásperas e sem simpatia OC 180 3 Cristo está pronto a ensinar pais e mães a serem verdadeiros educadores. Os que aprendem em Sua escola ... nunca falarão em tom áspero e antipático; pois as palavras enunciadas dessa maneira ofendem ao ouvido, esgotam os nervos, causam sofrimento mental e criam um estado de espírito que torna impossível sujeitar a índole da criança a quem tais palavras são dirigidas. Freqüentemente essa é a razão de as crianças falarem desrespeitosamente aos pais. -- Carta 47a, 1902. Ao ridículo e ao escárnio OC 180 4 Eles [os pais] não têm autorização para se irritarem, ralharem e ridicularizarem. Nunca devem escarnecer dos filhos que têm perversos traços de caráter, que eles mesmos lhes transmitiram. Esse modo de disciplina jamais curará o mal. Pais, apresentai os preceitos da Palavra de Deus ao admoestar e reprovar vossos filhos obstinados. Mostrai-lhes um "assim diz o Senhor" como vossa exigência. Uma reprovação que vem como palavra de Deus é muito mais eficiente que a que sai em tom áspero e colérico dos lábios dos pais. -- Fundamentos da Educação Cristã, 67, 68. Quanto à impaciência OC 181 1 A impaciência nos pais promove a mesma nos filhos. A paixão manifestada pelos pais cria paixões nos filhos, suscitando-lhes o mal da própria natureza. ... Toda vez que eles perdem o domínio de si mesmos, e falam e agem impacientemente, pecam contra Deus. -- Testemunhos Selectos 1:148. Quanto à alternação do xingamento com a adulação OC 181 2 Freqüentemente vejo crianças, a quem se negou alguma coisa que desejavam, atirarem-se ao chão, amuadas, dando pontapés e gritando, enquanto a mãe insensata adula e ralha alternadamente na esperança de fazê-las voltar às boas. Esse tratamento apenas incentiva as paixões da criança. Da próxima vez, ela faz o mesmo com aumentada teimosia, confiando em ganhar nesse dia como antes. Assim a vara é poupada, e a criança é estragada. OC 181 3 Não deve a mãe permitir que a criança leve vantagem sobre ela num simples caso sequer. E, para manter essa autoridade, não é necessário recorrer a medidas grosseiras; uma mão firme e segura, e uma bondade que convence a criança de vosso amor, alcançará o propósito. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. Quanto à falta de firmeza e decisão OC 181 4 Grande mal é ocasionado pela falta de firmeza e decisão. Sei de pais que dizem: Você não pode ter isto ou aquilo, e então cedem, julgando que tenham sido estritos demais, e dão à criança justamente a mesma coisa que a princípio haviam recusado. Assim é infligido um prejuízo que perdura por toda a vida. É importante lei da mente -- lei que não deve ser passada por alto -- que quando um objeto é negado com tanta firmeza que remova toda a esperança, o espírito logo deixará de almejá-lo, e se ocupará em outros interesses. Mas enquanto houver qualquer esperança de obter o objeto desejado far-se-á um esforço para alcançá-lo. ... OC 181 5 Quando é necessário os pais darem uma ordem direta, o castigo da desobediência deve ser tão invariável como as leis da natureza. As crianças que estão sob esse governo firme e decisivo sabem que, quando uma coisa é proibida ou negada, nenhuma importunação ou artifício conseguirá seu objetivo. Daí aprenderem elas logo a submeter-se e serem muito mais felizes ao assim fazê-lo. Os filhos de pais indecisos e demasiadamente condescendentes têm a constante esperança de que a adulação, o choro, ou a teimosia possam alcançar seu objetivo, ou que se possam aventurar a desobedecer sem sofrer o castigo. Assim são conservados num estado de desejo, esperança e incerteza que os torna irrequietos, irritáveis e insubordinados. Deus considera esses pais culpados de arruinar a felicidade dos filhos. Essa ímpia e má direção é a chave da impenitência e falta de religião de milhares de pessoas. Têm-se demonstrado a ruína de muitos que professam ter o nome de cristãos. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Quanto às restrições desnecessárias OC 182 1 Quando os pais ficam velhos e têm filhos novos a criar, o pai é propenso a pensar que os filhos devem seguir no caminho duro e áspero em que ele mesmo está caminhando. É-lhe difícil reconhecer que os filhos necessitam de que os pais lhes tornem a vida agradável e feliz. Muitos pais negam aos filhos a condescendência naquilo que é seguro e inocente, e tão temerosos estão de os encorajarem no cultivo do desejo de coisas ilícitas que nem mesmo lhes permitem ter o contentamento que as crianças devem ter. Devido ao temor de maus resultados, recusam permitir que aproveitem alguns prazeres simples que teriam evitado; e assim as crianças acham não adiantar esperar qualquer favor e por isso não os pedem. Fogem sorrateiramente para os prazeres que pensam seriam proibidos. E assim é destruída a confiança entre os pais e os filhos. -- The Signs of the Times, 27 de Agosto de 1912. Quanto à negação de privilégios razoáveis OC 182 2 Se o pai e a mãe não tiveram uma infância feliz, por que deveriam anuviar a vida dos filhos devido à sua grande perda a esse respeito? Pode o pai pensar que essa é a única atitude segura a seguir; mas ele se lembre de que nem todos os espíritos são constituídos igualmente, e que quanto maiores os esforços para restringir, tanto mais incontrolável será o desejo de obter aquilo que é negado, e o resultado será a desobediência à autoridade paterna. O pai será ofendido pelo que considera atitude obstinada do filho, e seu coração sentir-se-á magoado por sua rebelião. Mas não seria bom que considerasse o fato de que a principal causa da desobediência do filho foi sua própria falta de desejo de consentir com ele naquilo em que não havia pecado? Os pais pensam serem dadas suficientes razões para seu filho se abster de buscar seu consentimento, visto eles lho haverem negado. Mas os pais devem lembrar-se de que os filhos são seres inteligentes, e com eles devem lidar como gostariam que consigo mesmos lidassem. -- The Signs of the Times, 27 de Agosto de 1912. Quanto à severidade OC 182 3 Os pais que exercem o espírito de domínio [imperialismo] e autoridade, que lhes foram transmitidos por seus próprios pais, e que os levam a serem exigentes demais na disciplina e instrução, não educam corretamente os filhos. Por sua severidade, ao tratar com os seus erros, despertam as piores paixões do coração humano e deixam nos filhos um sentimento de injustiça e de maldade. Encontram nos filhos a mesma disposição que eles mesmos lhes têm comunicado. OC 183 1 Tais pais afastam os filhos de Deus ao lhes falarem em assuntos religiosos; pois a religião cristã fica pouco atrativa e mesmo repulsiva, por essa falsificação da verdade. Dirão os filhos: "Bem, se isso é religião, nada quero com ela." Assim é que, freqüentemente, se cria no coração a inimizade contra a religião; e assim, pela execução arbitrária da autoridade, os filhos são levados a desprezar a lei e o governo do Céu. Por seu próprio desgoverno os pais fixaram o destino eterno dos filhos. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. Quanto às maneiras calmas e bondosas OC 183 2 Se os pais querem que os filhos sejam agradáveis, nunca lhes devem falar de uma maneira áspera. Freqüentemente a mãe permite tornar-se irritadiça e nervosa. Salta sobre a criança e lhe fala de uma maneira áspera. Se uma criança é tratada de modo calmo e bondoso preservará um temperamento agradável. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1898. Quanto às instâncias amáveis OC 183 3 Como sacerdote da família, o pai deve tratar delicada e pacientemente com os filhos. Deve cuidar para não despertar neles um espírito combativo. Não deve permitir que a transgressão passe sem corretivo, mas assim mesmo há um modo de corrigir sem despertar as piores paixões do coração humano. Fale com amor às crianças, dizendo-lhes quão triste está o Salvador com a sua atitude; então com elas se ajoelhe diante do trono da graça, apresentando-as a Cristo, orando para que Ele Se compadeça delas e as leve a se arrependerem e pedirem perdão. Tal disciplina quase sempre quebrantará o mais obstinado coração. OC 183 4 Deus deseja que tratemos nossos filhos com simplicidade. Somos sujeitos a esquecer-nos de que as crianças não tiveram a vantagem de longos anos de ensino que as pessoas de mais idade têm tido. Se os pequeninos em todos os sentidos não agem de acordo com as nossas idéias, às vezes pensamos que eles merecem uma repreensão. Mas isso não melhorará a questão. Levai-as ao Salvador e dizei-Lhe tudo a esse respeito: então crede que Sua bênção repousará sobre eles. -- Manuscrito 70, 1903. ------------------------Capítulo 49 -- A atitude dos parentes Parentes condescendentes são um problema OC 184 1 Cuidai de como entregais o governo de vossos filhos a outros. Ninguém vos pode aliviar devidamente da responsabilidade que Deus vos deu. Muitas crianças têm sido completamente arruinadas pela interferência de parentes ou amigos, no governo de seu lar. As mães nunca devem permitir que suas irmãs ou mães interfiram na sábia direção de seus filhos. Embora tenha a mãe recebido a melhor educação das mãos de sua mãe, contudo, em nove dentre dez casos, como avó, estragaria os filhos de sua filha, pela condescendência e insensato louvor. Todo o paciente esforço da mãe pode ser desfeito por esse modo de tratamento. É proverbial que os avós, em regra, são incapazes de criar os netos. Os homens e mulheres devem dar todo o respeito e a devida deferência a seus pais; mas em questão de direção dos próprios filhos, não devem permitir interferência, mas conservar as rédeas do governo em suas próprias mãos. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. Quando riem do desrespeito e da raiva OC 184 2 Onde quer que vá, fico angustiada pela negligência da devida disciplina e restrição no lar. Permitem-se às crianças retrucarem, manifestarem desrespeito e impertinência, usando linguagem que a nenhuma criança se devia permitir dirigir a seus superiores. Os pais que permitem o uso de linguagem imprópria são mais dignos de censura do que seus filhos. Não de deve tolerar a impertinência na criança, nem mesmo uma vez. Mas pais e mães, tios e tias e avós, riem da exibição de ira na criança de um ano de idade. Sua imperfeita manifestação de desrespeito, sua infantil insubordinação, são consideradas como gracinhas. Assim são confirmados os hábitos errados, e a criança cresce, tornando-se alvo da aversão de todos os que a rodeiam. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. Quando desanimam diante da correção OC 185 1 Tremo especialmente pelas mães, ao vê-las tão cegas e sentindo tão pouco as responsabilidades que recaem sobre uma mãe. Vêem Satanás trabalhando numa criança obstinada de até mesmo poucos meses de idade. Cheio de maligna paixão, Satanás parece estar tomando posse absoluta. Mas pode haver, talvez, na casa uma avó, uma tia, ou algum outro parente ou amigo, que procurará fazer este pai crer que seria crueldade corrigir a criança; quando a verdade é justamente o contrário, e a maior crueldade é deixar Satanás tomar posse daquela criança tenra e indefesa. Satanás deve ser repreendido. Seu domínio sobre a criança deve ser quebrado. Se for necessária a correção, sede fiéis, verdadeiros. O amor a Deus e a verdadeira piedade pela criança levarão ao fiel desempenho do dever. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. Perplexidades de uma comunidade familiar OC 185 2 Não é o melhor plano que filhos de uma, duas ou três famílias ligadas pelo casamento, morem a poucos quilômetros umas das outras. Não é boa a influência sobre as partes. O negócio de um é negócio de todos. As perplexidades e dificuldades por que cada família deve mais ou menos passar, e que, tanto quanto possível, devem confinar-se aos limites do círculo familiar, estendem-se aos parentes da família e exercem influência sobre as reuniões religiosas. Há questões que uma terceira pessoa não devia saber por mais amiga e intimamente ligada que seja. Os indivíduos e as famílias devem guardá-las. Mas a íntima relação de várias famílias postas em constante comunicação tem a tendência de demolir a dignidade que deve ser mantida em cada família. Ao realizar o delicado dever de reprovar e admoestar, haverá o perigo de ofender sentimentos; a menos que isso seja feito com a maior ternura e cuidado. Os melhores modelos de caráter estão sujeitos a erros e enganos, e se deve tomar o maior cuidado para não fazer, de coisas pequenas, coisas grandes. OC 185 3 Tal relação familiar ou da igreja... agrada muito aos sentimentos naturais; mas não é a melhor, tomando em consideração todas as coisas, para o desenvolvimento de um caráter cristão simétrico. ... Todas as partes seriam muito mais felizes separadas e visitando-se ocasionalmente, e a influência de uns sobre os outros seria dez vezes maior. OC 185 4 Unidas como estão essas famílias pelo casamento e misturando-se como estão na companhia uns dos outros, cada um está a par das faltas e erros dos demais, e sente ser seu dever principal corrigi-los; e porque esses parentes se estimam realmente uns aos outros, ofendem-se com coisinhas que não notariam nos que com eles não estivessem intimamente ligados. Terríveis sofrimentos mentais são suportados por se levantarem em alguns os sentimentos de que não têm sido tratados com imparcialidade, e com toda a consideração que mereciam. Mesquinhos ciúmes às vezes se levantam, e montículos de terra se tornam montanhas. Esses pequenos desentendimentos e insignificantes diferenças causam mais severo sofrimento de espírito do que as provas que vêm de outras fontes. -- Testimonies for the Church 3:55, 56. ------------------------Capítulo 50 -- Que inclui a verdadeira educação? A amplitude da verdadeira educação OC 186 1 A verdadeira educação significa mais que um certo curso de estudo. É vasta. Inclui o harmônico desenvolvimento de todas as aptidões físicas e das faculdades mentais. Ensina o amor e o temor de Deus, sendo o preparo para o fiel desempenho dos deveres da vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 64. OC 186 2 A devida educação inclui, não somente a disciplina mental, mas aquele cultivo que garante a sã moral e o correto comportamento. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 331. OC 186 3 A primeira grande lição em toda educação é conhecer e compreender a vontade de Deus. Devemos introduzir na vida diária o esforço de adquirir esse conhecimento. Aprender a ciência apenas através da interpretação humana é falsa educação; aprender de Deus e de Cristo, porém, é aprender a ciência do Céu. A confusão em matéria educativa sobreveio devido a não haverem sido exaltados a sabedoria e o conhecimento de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 447. Influência contrária à rivalidade egoísta OC 187 1 Qual é o pendor da educação dada atualmente? Qual é o objetivo para que se apela mais freqüentemente? O proveito próprio. Grande parte dessa educação é uma perversão desse nome. Na verdadeira educação, a ambição egoísta, a avidez do poder, a desconsideração pelos direitos e necessidades da humanidade -- coisas que são uma maldição para o nosso mundo -- encontram uma influência contrária. O plano de vida estabelecido por Deus tem um lugar para cada ser humano. Cada um deve aperfeiçoar os seus talentos até ao máximo ponto; e a fidelidade no fazer isso confere honra à pessoa, sejam muitos ou poucos os seus dons. OC 187 2 No plano divino não há lugar para rivalidade egoísta. Os que "se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento". 2 Coríntios 10:12. O que quer que façamos deve ser feito "segundo o poder que Deus dá". 1 Pedro 4:11. Deve ser feito "de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis". Colossences 3:23, 24. Precioso é o serviço efetuado e a educação obtida na prática desses princípios. Quão diversa é, porém, grande parte da educação que hoje se dá! Desde os tenros anos da criança consiste ela num apelo à competição e rivalidade; alimenta o egoísmo, a raiz de todos os males. -- Educação, 225, 226. Modelo dado no Éden OC 187 3 O método de educação instituído ao princípio do mundo deveria ser para o homem o modelo, durante todo o tempo subseqüente. Como ilustração de seus princípios, foi estabelecida uma escola-modelo no Éden, o lar de nossos primeiros pais. O jardim do Éden era sala de aulas; a natureza, o livro; o próprio Criador, o instrutor. -- Educação, 20. Exemplificado no grande mestre OC 187 4 No ensino de Seus discípulos, o Salvador seguiu o sistema de educação estabelecido no princípio. Os primeiros doze escolhidos, juntamente com alguns poucos outros, que mediante o auxílio às suas necessidades tinham de quando em quando ligação com eles, formavam a família de Jesus. Achavam-se com Ele em casa, à mesa, em particular, no campo. Acompanhavam-nO em Suas viagens, participavam de Suas provações e dificuldades, e tanto quanto lhes era possível participavam de Seu trabalho. Às vezes Ele os ensinava enquanto juntos se assentavam ao lado das montanhas; outras, junto ao mar ou do barco do pescador, e ainda outras vezes enquanto andavam pelo caminho. Sempre que falava à multidão, os discípulos formavam a roda mais achegada. Comprimiam-se ao lado dEle, para que nada perdessem de Suas instruções. Eram ouvintes atentos, ávidos de compreender as verdades que deviam ensinar em todas as terras e a todas as épocas. -- Educação, 84, 85. A verdadeira educação tanto é prática como literária OC 188 1 Na infância e na juventude devem ser combinados o ensino prático e o literário, e armazenados na mente os conhecimentos. ... OC 188 2 Deve-se ensinar as crianças a ter parte nos deveres domésticos. Devem ser ensinadas a ajudar ao pai e à mãe nas pequenas coisas que podem fazer. Sua mente deve ser educada a pensar, sua memória exercitada para lembrar o trabalho designado; e ao se educarem nos hábitos de utilidade no lar, estão sendo ensinadas a realizar os deveres práticos, próprios de sua idade. -- Fundamentos da Educação Cristã, 368, 369. Não é a escolha natural da juventude OC 188 3 Aquela espécie de educação que habilita os jovens para a vida prática, eles naturalmente não a escolhem. Insistem em seus desejos, seus gostos ou aversões, preferências e inclinações; mas se os pais têm idéias corretas a respeito de Deus, da verdade e das influências e associações que deveriam rodear os filhos, compreenderão que sobre eles repousa a responsabilidade por Deus dada, de guiar cuidadosamente a juventude inexperiente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 132. Não é um método de escape das responsabilidades da vida OC 188 4 Grave-se nos jovens o pensamento de que a educação não consiste em ensinar-lhes como escapar das ocupações desagradáveis e fardos pesados da vida; mas que seu propósito é suavizar o trabalho, ensinando melhores métodos e objetivos mais elevados. Ensinai-lhes que o verdadeiro alvo da vida não é adquirir o maior ganho possível para si, mas honrar ao seu Criador, cumprindo a sua parte no trabalho do mundo, e estendendo mão auxiliadora aos mais fracos e mais ignorantes. -- Educação, 221, 222. A educação deve despertar o espírito de serviço OC 189 1 Acima de qualquer outro meio, o serviço feito por amor de Cristo, nas pequeninas coisas da vida diária, tem o poder de moldar o caráter e orientar a vida no sentido do desinteressado serviço. Despertar este espírito, estimulá-lo e orientá-lo devidamente, eis a obra dos pais e professores. Não lhes poderia ser confiada obra mais importante. O espírito de serviço é o que reina no Céu, e anjos hão de cooperar com todo o esforço feito no intuito de o desenvolver e estimular. OC 189 2 Essa educação deve basear-se na Palavra de Deus. Somente aí nos são apresentados seus princípios, em toda a sua plenitude. A Bíblia deve ser tomada como fundamento do estudo e do ensino. O conhecimento essencial é o conhecimento de Deus e dAquele que Ele enviou. -- A Ciência do Bom Viver, 401. Põe a educação moral acima da cultura intelectual OC 189 3 As crianças carecem grandemente de educação apropriada, a fim de virem a ser de utilidade ao mundo. Qualquer esforço, porém, que exalte a cultura intelectual acima da educação moral, é mal orientado. Instruir, cultivar, polir e refinar jovens e crianças, deve ser a principal preocupação de pais e mestres. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 84, 85. Seu alvo é a edificação do caráter OC 189 4 A mais elevada espécie de educação é aquela que dê tal conhecimento e disciplina que leve ao melhor desenvolvimento do caráter, e habilite a alma para aquela vida que se mede pela vida de Deus. A eternidade não deve ficar fora de nossos cálculos. A mais elevada educação é aquela que ensine às nossas crianças e jovens a ciência do cristianismo, que lhes dê um conhecimento experimental dos caminhos de Deus, e lhes comunique as lições que Cristo deu a Seus discípulos sobre o caráter paternal de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 45, 46. É um ensino que dirige e desenvolve OC 189 5 Há tempo para instruir as crianças, e tempo para educar a juventude, e é essencial que estas duas coisas sejam combinadas em alto grau na escola. As crianças podem ser preparadas para o serviço do pecado, ou para o serviço da justiça. A educação em tenra idade molda-lhes o caráter tanto na vida secular, como na religiosa. Diz Salomão: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer, não se desviará dele." Provérbios 22:6. Essa linguagem é positiva. Essa instrução recomendada por Salomão é dirigir, educar e desenvolver. OC 190 1 Para que os pais e mestres façam essa obra, eles próprios devem compreender "o caminho" em que a criança deve andar. Isso abrange mais que mero conhecimento de livros. Envolve tudo quanto é bom, virtuoso, justo e santo. Compreende a prática da temperança, da piedade, bondade fraternal, e amor para com Deus e de uns para com os outros. A fim de atingir a esse objetivo, é preciso dar atenção à educação física, mental, moral e religiosa da criança. -- Testemunhos Selectos 1:315, 316. Prepara obreiros para Deus OC 190 2 Sobre os pais e mães, recai a responsabilidade de dar educação cristã aos filhos que lhes foram confiados. Em caso algum eles devem deixar que qualquer ramo de negócio de tal maneira lhes absorva a mente, o tempo e os talentos que a seus filhos seja permitido afastarem-se até estarem separados de Deus. Não devem permitir que os filhos escapem de suas mãos para as de incrédulos. Devem fazer tudo o que estiver em suas forças para evitar que absorvam o espírito do mundo. Devem prepará-los para se tornarem coobreiros de Deus. Devem ser a mão humana de Deus, preparando a si mesmos e aos filhos para uma vida sem fim. -- Fundamentos da Educação Cristã, 545. Ensina o amor e o temor de Deus OC 190 3 Pais cristãos, por amor de Cristo, não examinareis vossos desejos, vossos alvos para com os vossos filhos, e vereis se suportarão a prova da lei de Deus? A educação mais necessária é a que lhes ensine o amor e o temor de Deus. -- The Review and Herald, 24 de Junho de 1890. É por muitos considerada antiquada OC 190 4 A educação, que é tão duradoura como a eternidade, é quase inteiramente negligenciada como sendo antiquada e indesejável. A educação da criança para assumir a obra de edificação de caráter com relação ao seu bem atual, à sua paz e felicidade presentes, e para lhe guiar os pés na vereda levantada para que nela andem os remidos do Senhor, não é considerada da moda, e, portanto, não essencial. A fim de que nossos filhos entrem pelos portais da cidade de Deus como vencedores, devem ser ensinados a temer a Deus e a guardar os Seus mandamentos na vida presente. -- Fundamentos da Educação Cristã, 111. Está sempre progredindo e nunca termina OC 191 1 A obra de nossa existência aqui é um preparo para a vida eterna. A educação principiada na Terra não se completará nesta vida; prosseguirá por toda a eternidade -- sempre em progresso, sem nunca se completar. Mais e mais amplamente se revelarão a sabedoria e o amor de Deus no plano da redenção. Ao guiar seus filhos às fontes das águas vivas, o Salvador lhes comunicará abundância de conhecimentos. E dia-a-dia as maravilhosas obras de Deus, as provas de Seu poder na criação e manutenção do Universo, desdobrar-se-ão perante o seu espírito em uma nova beleza. À luz que irradia do trono, os mistérios desaparecerão e a alma encher-se-á de espanto em face da simplicidade das coisas dantes não compreendidas. -- A Ciência do Bom Viver, 466. ------------------------Capítulo 51 -- Preparo para a escola Os primeiros oito ou dez anos OC 191 2 As crianças não devem estar encerradas muito tempo em casa, nem se deve exigir que se dêem a um estudo aplicado antes que se haja estabelecido um bom fundamento para o desenvolvimento físico. Para os primeiros oito ou dez anos da vida de uma criança, o campo ou o jardim é a melhor sala de aula, a mãe é o melhor professor, a natureza o melhor livro. Mesmo quando a criança tem idade suficiente para freqüentar a escola, a sua saúde deve ser considerada de maior importância do que o conhecimento dos livros. Deve ser rodeada das condições mais favoráveis, tanto para o crescimento físico como para o mental. -- Educação, 208. OC 192 1 É costume enviar crianças muito novas à escola. Exige-se delas estudarem nos livros coisas que sobrecarregam a mente infantil. ... Tal procedimento não é sábio. Uma criança nervosa não deve ser sobrecarregada em qualquer sentido. -- Fundamentos da Educação Cristã, 416. O programa da criança durante a infância OC 192 2 Durante os primeiros seis ou sete anos de vida da criança, deve-se dar atenção especial a seu preparo físico, em vez de ao intelecto. Depois desse período, se é boa a constituição física, deve a educação de ambos receber atenção. OC 192 3 A infância se estende até a idade de seis ou sete anos. Até esse período a criança deve ser deixada como cordeirinho a andar ao redor da casa e nos jardins, na vivacidade de seu espírito, pulando e saltando, livre de cuidados e dificuldades. OC 192 4 Os pais, e especialmente as mães, devem ser os únicos mestres dessas mentes infantis. Não devem ser instruídas em livros. As crianças geralmente são curiosas, ao aprender as coisas da natureza. Farão perguntas relativas às coisas que vêem e ouvem, e os pais devem aproveitar a oportunidade de instruí-las e responder pacientemente a essas pequenas indagações. Dessa maneira, eles poderão tirar vantagem sobre o inimigo e fortalecer o espírito das crianças semeando-lhes boa semente no coração, não dando oportunidade para o mal criar raízes. O que as crianças necessitam, na formação do caráter, é a amável instrução da mãe na tenra idade. -- Pacific Health Journal, Setembro de 1897. Lições durante o período de transição OC 192 5 A mãe deve ser a professora, e o lar a escola em que cada criança receba suas primeiras lições; e estas devem incluir hábitos de laboriosidade. Mães, deixai que os pequeninos brinquem ao ar livre, ouçam os gorjeios dos pássaros e aprendam o amor de Deus, conforme se expressa em Suas belas obras. Ensinai-lhes lições simples do livro da natureza e das coisas que as rodeiam; e ao se lhes expandir a mente, podem ser acrescentadas lições de livros e firmemente fixadas na memória. Mas também aprendam, mesmo nos primeiros anos, a ser úteis. Ensinai-lhes a pensar que, como membros da família, devem desempenhar uma parte interessada e útil em partilhar as responsabilidades domésticas, e procurar exercício saudável na realização dos necessários deveres do lar. -- Fundamentos da Educação Cristã, 416, 417. Não precisa ser um processo penoso OC 192 6 Tal ensino é de incalculável valor para a criança, e esse preparo não precisa ser um processo penoso. Pode ser administrado de tal maneira que a criança ache prazer em aprender a ser útil. As mães podem divertir os filhos enquanto lhes ensinam a realizar pequenos serviços de amor, pequenos deveres domésticos. Esta é a obra da mãe -- instruir pacientemente os filhos, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. E ao realizar essa obra, a própria mãe alcançará inestimável preparo e disciplina. -- Carta 55, 1902. A moral posta em perigo OC 193 1 Não envieis vossos filhos cedo demais à escola. Deve a mãe ser cuidadosa quanto a confiar a formação da mente infantil a outras mãos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 67. OC 193 2 Muitas mães acham que não têm tempo para ensinar os filhos, e para vê-los fora do seu caminho, e se livrarem do seu barulho e incômodos, enviam-nos à escola. ... OC 193 3 Não somente têm sido a saúde física e mental das crianças postas em perigo por serem enviadas à escola num período precoce demais, mas também elas perdem do ponto de vista moral. Tiveram oportunidades de se familiarizar com crianças de maneiras não cultivadas. Foram atiradas na companhia dos grosseiros e dos rudes, que mentem, praguejam, roubam e enganam, e que se deleitam em transmitir seu conhecimento do vício aos mais novos que eles. As crianças novas, deixadas a si mesmas, aprendem o mal mais depressa que o bem. Os maus hábitos se harmonizam mais com o coração natural, e as coisas que vêem e ouvem na infância e na meninice são-lhes profundamente impressas no espírito; e a má semente semeada em seu jovem coração criará raízes e se transformará em aguçados espinhos, para ferir o coração dos pais. -- A Solemn Appeal, 130, 132. ------------------------Capítulo 52 -- A escolha da escola Terríveis perdas OC 194 1 Às vezes fico desejando que Deus fale aos pais com voz audível como falou à esposa de Manoá, dizendo-lhe o que deviam fazer para educar os filhos. Sofremos terríveis perdas em cada ramo da obra, devido à negligência da educação no lar. Foi isso que nos impressionou a mente com a necessidade de escolas em que a influência religiosa predominasse. Se algo pode ser feito para anular esse grande mal, fá-lo-emos na força de Jesus. -- Manuscrito 119, 1899. Uma questão importante OC 194 2 Pais, tutores, colocai vossos filhos em escolas, onde a influência seja idêntica à de uma escola do lar, devidamente dirigida; escolas em que os professores os façam avançar de um ponto para outro, e em que a atmosfera espiritual é um cheiro de vida para vida. ... Se nossos jovens que recebem sábia instrução e preparo de pais piedosos continuarão ou não a ser santificados pela verdade, depende em grande parte da influência que, depois de partirem do lar, encontram entre aqueles de quem buscam instrução cristã. -- Testimonies for the Church 8:226. Que classe de educadores? OC 194 3 Há no mundo duas classes de educadores. Uma é a daqueles que Deus torna canais de luz; e a outra, a dos que Satanás usa como agentes seus, e que são sábios em fazer o mal. Uma classe contempla o caráter de Deus e cresce no conhecimento de Jesus, a quem Deus enviou ao mundo. Essa classe se entrega completamente às coisas que trazem a iluminação celestial, a sabedoria celeste, para a elevação da alma. Toda capacidade de sua natureza é submetida a Deus, e seus pensamentos são levados em cativeiro a Cristo. A outra classe está em aliança com o príncipe das trevas, que sempre está alerta para descobrir uma oportunidade para ensinar aos outros o conhecimento do mal. -- Fundamentos da Educação Cristã, 174. Escolher a escola em que o fundamento é Deus OC 194 4 Planejando acerca da educação dos filhos, fora do lar, os pais devem compenetrar-se de que não mais é coisa livre de perigo enviá-los às escolas públicas, e cumpre que se esforcem para os enviar às escolas onde obtenham educação baseada em fundamentos bíblicos. Sobre todo o pai cristão repousa o dever solene de dar aos filhos uma educação que os leve a adquirir o conhecimento do Senhor, e a se tornarem participantes da natureza divina mediante a obediência à vontade e ao caminho do Senhor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 205. Considerar o conselho de Deus a Israel OC 195 1 Enquanto os juízos de Deus caíam sobre a terra do Egito, o Senhor instruiu aos israelitas de que não somente conservassem os filhos dentro de casa, mas que abrigassem até mesmo o gado dos campos. ... OC 195 2 Como os israelitas conservaram os filhos dentro de casa durante o tempo em que os juízos de Deus estavam na terra do Egito, assim devemos nós, nesse tempo de perigo, conservar nossos filhos separados e diferentes do mundo. Devemos ensinar-lhes que os mandamentos de Deus significam muito mais do que reconhecemos. Os que os guardam não imitarão as práticas dos transgressores da lei de Deus. OC 195 3 Os pais devem tratar a Palavra de Deus com respeito, obedecendo-lhe os ensinos. Aos pais destes dias, bem como aos israelitas, Deus declara: "E estas palavras... estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas." Deuteronômio 6:6-9. OC 195 4 Não obstante esta clara instrução, alguns do povo de Deus permitem que os filhos freqüentem escolas públicas, onde se misturam com os que têm moral corrupta. Nessas escolas seus filhos nem podem estudar a Bíblia, nem aprender seus princípios. Pais cristãos, deveis tomar providências para que vossos filhos sejam educados nos princípios bíblicos. -- Manuscrito 100, 1902. A verdade bíblica é neutralizada; a criança é confundida OC 195 5 Acaso nossas crianças recebem dos professores da escola pública idéias em harmonia com a Palavra de Deus? É o pecado apresentado como uma ofensa contra o Senhor? É a desobediência a todos os Seus mandamentos ensinada como sendo o princípio de toda a sabedoria? Mandamos nossos filhos à Escola Sabatina para que sejam instruídos acerca da verdade, e depois, ao irem à escola diária, são-lhes ministradas lições cheias de falsidade. Tais coisas confundem a mente, e não devia ser assim; pois se os jovens recebem idéias que pervertem a verdade, como será neutralizada a influência dessas instruções? OC 195 6 Podemos nos admirar de que, sob tais circunstâncias, alguns de nossos jovens não apreciem as vantagens religiosas? Podemos admirar que sejam arrastados à tentação? É de admirar que, negligenciados como têm sido, suas energias sejam dadas a divertimentos que não lhes fazem bem, que sejam enfraquecidas suas aspirações religiosas, e obscurecida a vida espiritual? O espírito será da mesma espécie daquilo de que ele se alimenta, a colheita da mesma natureza da semente semeada. Não mostram esse fatos suficientemente a necessidade de guardarmos desde os mais tenros anos a educação da juventude? Não seria melhor para o jovem crescer em certo grau de ignorância quanto ao que se chama comumente educação, do que se tornar descuidado no que respeita à verdade de Deus? -- Testemunhos Selectos 2:452, 453. Escolas em todas as nossas igrejas OC 196 1 Em todas as nossas igrejas deve haver escolas, e nessas escolas professores que sejam missionários. É essencial que professores sejam preparados para bem desempenharem sua parte na importante obra de educar os filhos dos observadores do sábado, não somente nas ciências, mas nas Escrituras. Tais escolas, estabelecidas em localidades várias, e regidas por homens e mulheres tementes a Deus, conforme o exigir o caso, devem fundamentar-se nos mesmos princípios em que se baseavam as escolas dos profetas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 168. Escolas de igreja nas cidades OC 196 2 É da maior importância que se estabeleçam escolas de igreja, às quais as crianças possam ser enviadas e ainda estarem sob o vigilante cuidado das mães e ter oportunidade de pôr em prática as lições de prestatividade que é o desígnio de Deus aprendam no lar. ... OC 196 3 Muito mais se pode fazer para salvar e educar os filhos dos que presentemente não podem sair das cidades. Essa é uma questão digna dos nossos melhores esforços. Devem-se estabelecer escolas de igreja para as crianças que estão nas cidades e, em ligação com essas escolas, devem-se tomar providências para o ensino de estudos mais elevados, onde estes forem exigidos. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1903. Prover escolas para as igrejas pequenas OC 196 4 Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática, bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores, onde, devido a não serem ali necessários, há constante tentação a cair em inatividade espiritual. OC 197 1 Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que as induza a se tornarem missionárias. Empreguem-se professores capazes de ministrar uma educação completa em todos os ramos comuns da vida, tornando a Bíblia o fundamento e a vida de todo o estudo. -- Testemunhos Selectos 2:456. OC 197 2 Nas localidades em que são poucos os crentes, unam-se duas ou três igrejas para construir um modesto edifício para a escola. -- Testemunhos Selectos 2:464. OC 197 3 Caso os pais reconheçam a importância desses pequenos centros de educação, cooperando para executar a obra que o Senhor deseja se faça nesse tempo, os planos do inimigo quanto aos nossos filhos serão frustrados. -- Manuscrito 33, 1908. Escolas no lar OC 197 4 Tanto quanto possível, todos os nossos filhos devem ter o privilégio de uma educação cristã. A fim de provê-la, devemos algumas vezes estabelecer escolas no lar. Bom seria se várias famílias da vizinhança se unissem para empregar um professor humilde, temente a Deus, a fim de dar aos pais o auxílio que é necessário na educação dos filhos. Isso será uma grande bênção a muitos grupos isolados de observadores do sábado, e um plano mais agradável ao Senhor do que aquele que algumas vezes tem sido seguido, de mandar de casa tenras crianças a freqüentar uma de nossas escolas maiores. OC 197 5 Nossos pequenos grupos de observadores do sábado são necessários para manter a luz diante de seus vizinhos, e precisam das crianças em seus lares, onde, terminadas as horas de estudo, podem ser um auxílio a seus pais. O lar cristão bem organizado, onde as tenras crianças podem ter aquela disciplina paternal que é segundo a determinação do Senhor, é para elas o melhor lugar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 158. Um problema para os membros isolados OC 197 6 Algumas famílias de observadores do sábado vivem isoladas ou muito separadas de outras da mesma fé. Essas têm às vezes mandado os filhos a nossos internatos, onde foram ajudados, e voltaram para ser uma bênção no próprio lar. Outros, porém, não podem mandar os filhos para longe, a fim de se educarem. Nesses casos os pais devem esforçar-se por empregar um professor exemplarmente religioso, que considere um prazer trabalhar para o Mestre em qualquer ocupação, e esteja disposto a cultivar qualquer parte da vinha do Senhor. Pais e mães devem cooperar com o professor, trabalhando zelosamente para a conservação de seus filhos. -- Testemunhos Selectos 2:457. Trabalhar como para salvar a vida dos filhos OC 198 1 Em alguns países os pais são obrigados por lei a mandar os filhos à escola. Nesses países, nas localidades onde há igreja, devem-se estabelecer escolas, mesmo que não haja mais de seis crianças para freqüentá-las. Trabalhai como se o fizésseis para salvar a própria vida, para salvar os filhos de serem afogados nas influências contaminadoras e corruptoras do mundo. OC 198 2 Achamo-nos demasiado aquém de nosso dever quanto a esse importante assunto. Em muitos lugares, as escolas já deviam estar funcionando há anos. Muitas localidades teriam assim tido representantes da verdade, os quais teriam dado reputação à obra do Senhor. Em vez de concentrar tantos grandes edifícios em poucos lugares, dever-se-ia haver estabelecido escolas em muitas localidades. OC 198 3 Iniciem-se agora essas escolas sob direção sábia, para que a infância e a juventude sejam educadas em suas próprias igrejas. É uma séria ofensa a Deus o ter havido tão grande negligência nesse sentido, quando a Providência nos tem tão abundantemente provido de facilidades para o trabalho. -- Testemunhos Selectos 2:458. Uma escola estabelecida não deve ser abandonada OC 198 4 O trabalho escolar em um lugar em que foi estabelecida uma escola de igreja nunca deve ser abandonado, a menos que Deus claramente mostre que isso deve ser feito. Influências adversas podem parecer conspirar contra a escola, mas com o auxílio de Deus, o professor pode fazer uma obra grandiosa, salvadora, modificando o estado de coisas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 157. Elevar crianças desobedientes e rebeldes OC 198 5 Algumas vezes há um elemento de desordem que torna o trabalho muito difícil na escola. Crianças que não receberam uma educação devida perturbam muito, e por sua perversidade entristecem o coração do professor. Mas não fique ele desanimado. Provas e provações trazem experiência. Se as crianças são desobedientes e rebeldes, há tanto mais necessidade de esforço persistente. O fato de que há crianças com tal caráter é uma das razões por que se devem estabelecer escolas. As crianças que os pais negligenciaram educar e disciplinar devem ser salvas, sendo possível. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 136. Converter jovens mundanos OC 199 1 Anos atrás deveriam ter sido construídos prédios escolares em outros lugares além de _____, não prédios grandes, mas próprios para escolas de igreja, nas quais as crianças e os jovens pudessem receber a verdadeira educação. Os livros usados deveriam chamar a atenção para a lei de Deus. A Bíblia devia ser o fundamento da educação. Nessa obra serão ampliadas a luz, a força e o poder da verdade. Jovens do mundo, cuja mente não tem sido pervertida por atos de sensualidade, ligar-se-ão a essas escolas e ali se converterão. Essa espécie de trabalho missionário, foi-me dito, exercerá bem marcante influência em ampliar a luz e o conhecimento da verdade. -- Manuscrito 150, 1899. Manter as normas mais elevadas OC 199 2 O caráter da obra feita em nossas escolas deve ser da mais alta ordem. Jesus Cristo, o Restaurador, é o único remédio para uma educação errônea, e as lições ensinadas em Sua Palavra devem ser sempre mantidas diante da juventude pela maneira mais atrativa. A disciplina escolar deve apoiar a educação doméstica, e manter-se, tanto em casa como na escola, a simplicidade e a piedade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 174. Preparar para os graus mais elevados lá em cima OC 199 3 Ele envia aos pais o grito de advertência: Recolhei vossos filhos em vossa própria casa; afastai-os dos que desrespeitam os mandamentos de Deus, que ensinam e praticam o mal. Saí o mais depressa possível das grandes cidades. Estabelecei escolas junto às igrejas. Dai a vossos filhos a Palavra de Deus como fundamento de toda a sua educação. Ela está cheia de belas lições, e se os alunos a tornam seu estudo no curso fundamental aqui, estarão preparados para o curso superior lá em cima. -- Testemunhos Selectos 2:454. Deus fez provisão OC 200 1 Nossas escolas são o instrumento especial do Senhor para habilitar as crianças e os jovens para a obra missionária. Os pais devem compreender a sua responsabilidade e ajudar os filhos a apreciar os grandes privilégios e bênçãos que Deus proveu para eles nas vantagens da educação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 149. ------------------------Capítulo 53 -- A responsabilidade da igreja A igreja como vigia OC 200 2 O Senhor deseja usar a escola como auxílio aos pais, na educação e preparo dos filhos para esse tempo que está diante de nós. Portanto, lance a igreja mão da obra escolar, de maneira fervorosa, e dela faça o que o Senhor deseja que ela seja. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 167. OC 200 3 Deus indicou a igreja como atalaia, a fim de ter um cioso cuidado dos jovens e crianças, e, como sentinela, ver que o inimigo se aproxima e dar o aviso de perigo. A igreja, porém, não se compenetra da situação. Ela dorme enquanto está de guarda. Nesse tempo de perigo, pais e mães devem despertar e trabalhar como se se tratasse da própria vida, ou, de outra maneira, muitos dos jovens estarão para sempre perdidos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 165. A lei de Deus deve ser exaltada OC 200 4 A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. ... OC 200 5 As igrejas protestantes aceitaram o sábado espúrio, o filho do papado, e exaltaram-no acima do santo e santificado dia de Deus. Cumpre-nos tornar claro a nossos filhos que o primeiro dia da semana não é o verdadeiro sábado e que sua observância, depois de nos haver sido enviada a luz quanto ao dia verdadeiro de descanso, está em plena contradição com a lei de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:452. Obreiros capazes preparados para Cristo OC 201 1 Como igreja, como indivíduos, se queremos estar isentos de culpa no juízo, devemos fazer esforços mais liberais para o preparo de nossos jovens, para que possam estar mais aptos para os vários ramos da grande obra confiada às nossas mãos. Devemos formular planos sábios, a fim de que a mente engenhosa dos que têm talento possa fortalecer-se e disciplinar-se, e tornar-se polida da maneira mais excelente, para que a obra de Cristo não seja estorvada por falta de hábeis obreiros, que a façam com fervor e fidelidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 43. Todos devem partilhar das despesas OC 201 2 Que todos partilhem das despesas. Cuide a igreja que todos quantos devem receber os benefícios da escola a freqüentem realmente. As famílias pobres devem ser ajudadas. Não nos podemos chamar verdadeiros missionários, se negligenciarmos aqueles que, mesmo às nossas portas, se encontram na idade mais crítica, necessitados de nosso auxílio, a fim de adquirir conhecimento e experiência que os habilitem para o serviço de Deus. O Senhor quer que empenhemos os maiores esforços na educação de nossos filhos. -- Testemunhos Selectos 2:475. Aliviar a carga financeira dos jovens que estão estudando OC 201 3 As igrejas de diversas localidades devem sentir que pesa sobre elas a solene responsabilidade de preparar jovens e educar talentos a fim de se empenharem na obra missionária. Quando virem na igreja pessoas que prometem tornar-se úteis obreiros, mas não se podem manter na escola, devem assumir a responsabilidade de as enviar a uma de nossas escolas missionárias. Há nas igrejas excelentes capacidades que precisam ser postas no serviço. Há pessoas que prestariam serviços proveitosos na vinha do Senhor, mas muitos são demasiado pobres para adquirir, sem auxílio, a educação que lhes é necessária. As igrejas devem considerar privilégio tomar parte em custear as despesas dessas pessoas. Os que têm a verdade no coração sempre são liberais, prontos para ajudar onde é necessário. Esses abrem o caminho, e outros lhes imitam o exemplo. Se há alguns que deviam fruir o benefício da escola, mas não podem pagar toda a pensão escolar, mostrem as igrejas sua liberalidade, ajudando-os. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 69. Um fundo escolar para o curso superior OC 202 1 Que se crie, por meio de generosas contribuições, um fundo para o estabelecimento de escolas destinadas ao desenvolvimento da obra educativa. Necessitamos de homens bem preparados, bem educados, para trabalharem pelo interesse das igrejas. Devem apresentar o fato de que não podemos confiar em que nossos jovens vão a seminários e colégios estabelecidos por outras denominações; de que os devemos reunir em escolas em que não seja negligenciado seu preparo religioso. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 44, 45. Dar para as missões, sem esquecer os de casa OC 202 2 Darão os membros da Igreja os meios necessários para avançar a causa de Cristo entre os outros, deixando os próprios filhos promoverem o serviço e obra de Satanás? -- Testemunhos Selectos 2:475. OC 202 3 Ao mesmo tempo em que devemos empregar esforços ardorosos em favor das massas que nos rodeiam, e promover a obra nos campos estrangeiros, nenhuma porção de trabalho neste sentido, pode desculpar-nos da negligência pela educação de nossas crianças e jovens. Devem ser preparados para serem obreiros de Deus. Tanto os pais como os professores devem, por preceito e exemplo, incutir de tal maneira os princípios da verdade e honestidade no espírito e coração dos jovens, que estes se tornem homens e mulheres firmes como aço, para com Deus e Sua causa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 165. Orar com fé OC 202 4 Perguntará alguém: "Como devem ser estabelecidas essas escolas?" Não somos um povo rico, mas, se orarmos com fé, e deixarmos o Senhor agir em nosso favor, Ele abrirá diante de nós o caminho para estabelecermos pequenas escolas nos lugares afastados, destinadas à educação de nossos jovens, não somente nas Escrituras e estudos intelectuais, como também em muitos ramos do trabalho manual. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 204. "Levantemo-nos e edifiquemos" OC 202 5 Devemos estabelecer a obra na devida forma aqui em Crystal Springs (Califórnia). Aqui estão os nossos filhos. Permitiremos que sejam contaminados pelo mundo -- pela sua iniqüidade, seu desrespeito aos mandamentos de Deus? Pergunto aos que planejam enviar os filhos às escolas públicas, onde estão sujeitos a se contaminar: Como podereis arriscar-vos a tanto? OC 203 1 Desejamos construir um prédio de escola de igreja para os nossos filhos. Devido aos muitos pedidos de recursos, parece difícil conseguir dinheiro suficiente ou despertar suficiente interesse para construir um prédio escolar pequeno e conveniente. Disse à comissão escolar que lhes arrendaria alguma terra pelo tempo que quisessem usá-la para fins escolares. Espero que se desperte suficiente interesse para nos habilitar a levantar um prédio onde os nossos filhos possam ser ensinados na Palavra de Deus, que é o sangue e a carne do Filho de Deus. ... Não vos interessareis pela construção desse prédio escolar no qual se deve ensinar a Palavra de Deus? Ao lhe ser perguntado quanto desejava dar para a escola, em trabalho, certo homem disse que, se nós lhe déssemos três dólares por dia e cama e mesa, ele nos ajudaria. Mas não queremos ofertas dessa espécie. Auxílio nos virá. Esperamos ter um prédio escolar no qual se possa ensinar a Bíblia, em que se possam oferecer orações a Deus e no qual as crianças possam ser instruídas quanto aos princípios bíblicos. Esperamos que todos os que possam colaborar conosco desejem ter parte na construção desse edifício. Desejamos treinar um pequeno exército de obreiros nesse lado da colina. -- Manuscrito 100, 1902. Ajudar com o trabalho e financeiramente OC 203 2 Sabemos que todos se interessam pelo êxito desse empreendimento. Que os que têm tempo vago dêem alguns dias, ajudando a construir esta escola. Ainda não foram feitas promessas suficientes para pagar simplesmente o material necessário. Alegramo-nos pelo que já foi dado, mas agora pedimos que cada um se lance a esta questão com interesse, para que logo tenhamos um lugar onde os nossos filhos possam estudar a Bíblia, que é o fundamento de toda a verdadeira educação. O temor do Senhor -- a primeira das lições a ser ensinada -- é o princípio da sabedoria. OC 203 3 Não há razão para que essa questão se arraste. Que cada um procure ajudar, perseverando com incansável interesse até que a construção esteja terminada. Que cada um faça alguma coisa. Alguns talvez tenham de se levantar bem cedo, às quatro horas da madrugada, para ajudar. Geralmente começo a trabalhar antes desta hora. Logo que clarear o dia, alguns podem começar a trabalhar na construção, dando uma ou duas horas antes do desjejum. Talvez outros não o possam fazer, mas todos podem fazer algo para demonstrar seu interesse em possibilitar aos filhos serem educados numa escola onde possam ser disciplinados e preparados para o serviço de Deus. Sua bênção certamente repousará sobre todo o esforço dessa espécie. ... OC 204 1 Irmãos e irmãs, que fareis para ajudar a construir uma escola de igreja? Cremos que cada um considerará um privilégio e uma bênção ter esse prédio escolar. Peguemos o espírito da obra, dizendo: Levantar-nos-emos e edificaremos. Se todos lançarem mão à obra, unidos, logo teremos um prédio escolar no qual dia-a-dia será ensinado aos nossos filhos o caminho do Senhor. Ao fazer o melhor que podemos, a bênção do Senhor sobre nós repousará. Não nos levantaremos e edificaremos? -- Manuscrito 100, 1902. ------------------------Capítulo 54 -- Mestres e pais em cooperação Necessidade de compassiva compreensão OC 204 2 Os professores no lar e os professores na escola devem ter entre si uma compreensão cheia de simpatia para com o trabalho mútuo. Devem trabalhar juntos, com harmonia, embebidos do mesmo espírito missionário, juntos esforçando-se por beneficiar as crianças, física, mental e espiritualmente, e para desenvolverem caráter que resista à prova da tentação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 157. OC 204 3 Lembrem-se os pais de que muito mais se realizará pela obra de nossa escola, se eles próprios se compenetrarem das vantagens que seus filhos obterão em tal escola, e unirem-se de todo o coração ao professor. Pela oração, pela paciência, pela compaixão, os pais podem desfazer muitos dos males causados pela impaciência, a imprudente condescendência. Empreendam pais e professores a obra juntamente, lembrando-se os primeiros de que serão auxiliados pela presença em seu meio de um professor ardoroso e temente a Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 155, 156. A desunião pode anular a boa influência OC 205 1 O espírito de desunião nutrido no coração de alguns se comunicará a outros, e anulará a influência que a escola exerceria para o bem. A menos que os pais estejam prontos e ansiosos no sentido de cooperar com o professor para salvação de seus filhos, não se acham preparados para o estabelecimento de uma escola entre eles. -- Testemunhos Selectos 2:460. O trabalho de equipe começa no lar OC 205 2 Esse trabalho de cooperação deve começar com o pai e a mãe na vida doméstica. No ensino de seus filhos, eles têm uma responsabilidade conjunta e deve ser seu constante esforço agirem juntamente. Entreguem-se eles a Deus, procurando dEle auxílio para se ajudarem mutuamente. Ensinem os filhos a serem verdadeiros para com Deus, fiéis aos princípios, e assim honestos para consigo mesmos e para com todos aqueles com quem entram em contato. Com tais ensinos, as crianças, quando mandadas à escola, não serão causa de perturbação, ou ansiedade. Serão um apoio aos professores e um exemplo e animação aos colegas de estudo. -- Educação, 283. OC 205 3 As crianças levarão consigo para a escola a influência de vosso ensino. Quando os pais e professores piedosos trabalham em harmonia, o coração dos filhos é preparado para tomar grande interesse pela obra de Deus na igreja. As graças cultivadas no lar são levadas para a igreja, e Deus é glorificado. -- Carta 29, 1902. OC 205 4 Se os pais estão tão envolvidos nos negócios e prazeres desta vida, que negligenciam a devida disciplina dos filhos, a obra do professor não somente é dura e desagradável, mas freqüentemente tornada totalmente infrutífera. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. A obra do professor é suplementar OC 205 5 Na formação do caráter, nenhuma influência representa tanto como a do lar. O trabalho do professor deve suplementar o dos pais, mas não substituí-lo. Em tudo que respeita ao bem-estar da criança, os pais e professores devem esforçar-se no sentido de cooperar. -- Educação, 283. OC 205 6 A instrução ministrada à criança no lar deve ser de tal forma que ajude ao professor. No lar, deve-se ensinar à criança a importância da higiene, da ordem e do capricho; e essas lições devem ser repetidas na escola. -- Manuscrito 45, 1912. OC 206 1 Quando a criança está em idade própria para ser mandada à escola, o professor deve cooperar com os pais, e a educação manual deve continuar como parte dos estudos escolares. Muitos estudantes há que fazem objeções a essa espécie de trabalho nas escolas. Acham que uma proveitosa ocupação, como aprender um ofício, é degradante; esses têm incorreta noção do que constitua a verdadeira dignidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 146. O lar pode ser abençoado pela escola OC 206 2 Se ele [o professor] trabalha paciente, fervorosa e perseverantemente, segundo as normas de Cristo, a obra de reforma feita na escola, pode estender-se aos lares das crianças, levando-lhes uma atmosfera mais pura, mais celestial. Isso é na verdade trabalho missionário da mais elevada ordem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 157. OC 206 3 O vigilante professor encontrará muitas oportunidades de dirigir os discípulos a atos de prestatividade. Especialmente pelas crianças, o professor é olhado com quase ilimitada confiança e respeito. O que quer que ele possa sugerir como meio de auxílio em casa, fidelidade nas ocupações diárias, assistência aos doentes ou aos pobres, dificilmente poderá deixar de produzir fruto. E também assim se conseguirá uma dupla aquisição. A sugestão afável refletir-se-á sobre o seu autor. A gratidão e cooperação por parte dos pais suavizará as cargas do professor e iluminará o seu caminho. -- Educação, 213. Os pais podem aliviar o trabalho dos professores OC 206 4 Se os pais desempenharem fielmente sua parte, a obra do professor será grandemente aliviada. Aumentarão sua esperança e ânimo. Os pais cujo coração está cheio do amor de Cristo abster-se-ão de criticar, e tudo farão ao seu alcance para animar e ajudar aquele que escolheram como professor de seus filhos. Estarão dispostos a crer que ele é precisamente tão consciencioso em seu trabalho, como eles no seu. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 157. OC 206 5 Quando, porém, os pais compreendem as responsabilidades que lhes cabem, muito menos trabalho restará ao professor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 148. Os pais podem ser conselheiros do professor OC 207 1 Devemos falar do amor de Deus em nossos lares; devemos ensiná-lo em nossas escolas. Os princípios da Palavra de Deus devem ser praticados tanto na vida doméstica como na escolar. Se os pais compreendessem devidamente o seu dever de submissão à vontade revelada do Senhor, seriam sábios conselheiros em nossa escola, e nos assuntos educacionais, pois sua experiência do ensino em casa ensinar-lhes-ia como guardar-se das tentações que assaltam as crianças e os jovens. Pais e professores tornar-se-iam assim cooperadores de Deus na obra de educar a juventude para o Céu. -- Carta 356, 1907. OC 207 2 O conhecimento particular dos pais acerca do caráter dos filhos, bem como de suas peculiaridades físicas e defeitos, se for comunicado ao professor, ser-lhe-á um auxílio. É para se lamentar que tantos deixem de reconhecer isso. Da parte da maioria dos pais, pouco interesse se mostra, quer para se informarem a si mesmos das habilitações do professor, quer para cooperarem com ele em sua obra. -- Educação, 284. OC 207 3 Eles [os pais] devem sentir que é seu dever cooperar com o professor, incentivar sábia disciplina e orar muito por aquele que está ensinando os seus filhos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 270. Os professores podem ser conselheiros dos pais OC 207 4 Visto que os pais tão raramente se familiarizam com o professor, é da maior importância que este procure familiarizar-se com aqueles. Deve visitar a casa de seus alunos e tomar conhecimento das influências e ambiente em que vivem. Vindo em contato pessoal com os seus lares e vida, pode fortalecer os laços que o ligam a seus alunos, e aprender como tratar com mais êxito com as várias disposições de temperamentos. OC 207 5 Interessando-se na educação do lar, o professor distribui um duplo benefício. Muitos pais absorvidos nos trabalhos e cuidados, perdem de vista as suas oportunidades de influenciar a vida de seus filhos para o bem. Muito poderá fazer o professor para despertar esses pais às suas possibilidades e privilégios. Encontrará outros, a quem o senso de sua responsabilidade é um grande peso, tão ansiosos se acham eles de que seus filhos se tornem homens e mulheres bons e úteis. Freqüentemente o professor pode auxiliar esses pais a suportar esse peso, e, aconselhando-se mutuamente, professores e pais animar-se-ão, fortalecer-se-ão. -- Educação, 284, 285. ------------------------Capítulo 55 -- Unidade na disciplina O professor necessita de tato na direção OC 208 1 Entre os jovens, verificar-se-á grande diversidade de caráter e educação. Alguns têm vivido num ambiente de restrição e severidade arbitrárias, que neles têm desenvolvido um espírito de obstinação e desafio. Outros têm sido o favorito de casa, a quem os pais excessivamente afetivos permitem seguir suas próprias inclinações. Todo defeito é desculpado, até o caráter ficar deformado. Para lidar com êxito com essas mentes diferentes, o professor necessita exercer grande tato e delicadeza na direção, bem como firmeza no governo. OC 208 2 Freqüentemente se manifestarão a aversão e o menosprezo aos devidos regulamentos. Alguns aplicarão toda a sua esperteza para evitar o castigo, enquanto outros manifestarão temerária indiferença às conseqüências da transgressão. Tudo isso exigirá maior paciência e maior esforço da parte daqueles a quem foi confiada a sua educação. -- Testimonies for the Church 5:88, 89. Sejam poucas as regras e bem consideradas OC 208 3 Tanto na escola como no lar deve haver uma sábia disciplina. O professor deve estabelecer regras para dirigir a conduta de seus alunos. Tais regras devem ser poucas e bem consideradas e, uma vez feitas, ponham-se em execução. Todo o princípio nelas envolvido deve de tal maneira ser posto perante o estudante, que ele se convença da justiça de tal princípio. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 153. O professor deve exigir obediência OC 208 4 Tanto na escola como no lar, a questão da disciplina deve ser compreendida. Deveríamos esperar que na sala de aula jamais houvesse lugar para o uso da vara. Mas se na escola há os que obstinadamente resistem a todo o conselho e súplica, a todas as orações e preocupações de alma em seu favor, então é necessário fazer-lhes entender que devem obedecer. OC 209 1 Alguns professores não julgam melhor exigir obediência. Pensam que seu dever é meramente instruir. Certamente, devem instruir. Mas em que resultará a instrução das crianças se, quando estas desrespeitam os princípios postos diante de si, o professor não acha que tem o direito de exercer autoridade? -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1904. Ele precisa da cooperação dos pais OC 209 2 Não se deve deixar o professor suportar sozinho o encargo de seu trabalho. Ele necessita da simpatia, da bondade, da cooperação e do amor de todo membro da igreja. Os pais devem animar o professor, mostrando que apreciam seus esforços. Nunca devem dizer ou fazer algo que encoraje a insubordinação em seus filhos. OC 209 3 Sei, entretanto, que muitos pais não cooperam com o professor. Não alimentam no lar a boa influência exercida na escola. Em vez de praticar no lar os princípios de obediência ensinados na escola, consentem que seus filhos façam conforme querem, que vão para aqui ou para ali sem nenhuma restrição. E, se o professor exerce autoridade ao exigir obediência, as crianças levam aos pais um relato exagerado, falsificado, quanto ao modo por que foram tratadas. Pode o professor ter feito apenas aquilo que era de seu doloroso dever efetuar; mas os pais simpatizam com seus filhos, mesmo que não tenham razão. E muitas vezes os mesmos pais que governam com ira mostram-se os mais desarrazoados quando seus filhos são restringidos e disciplinados na escola. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 153, 154. OC 209 4 Quando os pais justificam as queixas dos filhos contra a autoridade e disciplina da escola, não vêem que estão aumentando o poder desmoralizador que agora prevalece em tão temível extensão. Toda a influência de que o jovem está cercado precisa estar do lado certo, pois a corrupção juvenil está aumentando. -- Testimonies for the Church 5:112. Apoiar os fiéis professores OC 209 5 Os pais que nunca tiveram o cuidado que deveriam sentir pela alma dos filhos, e que nunca lhes deram a devida restrição e instrução, são justamente os que manifestam a mais severa oposição quando seus filhos são reprimidos, reprovados ou corrigidos na escola. Alguns desses filhos são uma desonra para a igreja e uma desonra para o nome de adventistas. -- Testimonies for the Church 5:51. OC 209 6 [Os pais] devem ensinar os filhos a serem verdadeiros para com Deus, fiéis aos princípios, e assim sinceros para consigo mesmos e para com todos aqueles com quem entram em contato. ... Os pais que dão tal ensino não são dos que se encontram a criticar o professor. Compreendem que tanto o interesse de seus filhos como a justiça para com a escola exigem que, tanto quanto possível, eles apóiem e honrem aquele que participa de sua responsabilidade. -- Educação, 283. Nunca criticar o professor diante das crianças OC 210 1 Pais, quando o professor da escola de igreja procura educar e disciplinar vossos filhos de maneira que possam alcançar a vida eterna, não critiqueis na presença deles suas ações, mesmo que penseis ser ele demasiadamente severo. Se desejais que eles dêem seu coração ao Salvador, cooperai com os esforços do professor para a salvação deles. Quanto melhor é às crianças em vez de ouvirem críticas, escutarem dos lábios de sua mãe palavras de elogio com relação ao trabalho do professor! Tais palavras produzem duradouras impressões e influem nas crianças para que respeitem o professor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 154, 155. OC 210 2 Se a crítica ou sugestões com respeito ao trabalho do professor se tornam necessárias, devem fazer-se-lhe em particular. Se isso não produzir efeito, que o fato seja referido aos que são os responsáveis pela direção da escola. Não se deve dizer nem fazer nada que diminua o respeito das crianças para com aquele de quem, em tão grande parte, depende o bem-estar delas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 161, 162. OC 210 3 Caso os pais se colocassem na posição dos professores, e vissem quão difícil é dirigir e disciplinar uma escola de centenas de alunos de todas as séries e de todos os feitios mentais, talvez com reflexão vissem diversamente os fatos. -- Testemunhos Selectos 1:537. A insubordinação freqüentemente começa no lar OC 210 4 Ao deixarem os filhos fazerem o que desejam, os pais podem julgar-se afetuosos, mas estão praticando uma verdadeira crueldade. As crianças são capazes de raciocinar e sua alma é prejudicada pela precipitada bondade, por mais apropriada que esta pareça aos olhos dos pais. Quando as crianças alcançam mais idade, aumenta sua insubordinação. Os professores podem procurar corrigi-las, mas com muita freqüência os pais tomam o lado dos filhos, e o mal continua a crescer, vestido, se possível, com uma capa ainda mais negra de engano que antes. Outras crianças são desviadas pela má atitude dessas crianças, e assim mesmo os pais não podem ver o mal. As palavras de seus filhos são mais ouvidas do que a dos professores que choram sobre o mal. -- The Review and Herald, 20 de Janeiro de 1901. O trabalho do professor pode ser duplicado pelos pais OC 211 1 A negligência dos pais em ensinar os filhos, torna a obra do professor duplamente difícil. Os filhos levam o estigma dos traços turbulentos e inamistosos revelados por seus pais. Negligenciados em casa, consideram a disciplina da escola opressiva e severa. Caso não sejam cuidadosamente guardados, esses filhos contagiarão outras crianças pelo seu caráter indisciplinado e deformado. ... O bem que as crianças poderiam receber na escola para anular o ensino defeituoso que tiveram em casa é solapado pela simpatia que os pais lhes demonstram em seus malfeitos. OC 211 2 Continuarão os pais que crêem na Palavra de Deus, em sua direção torta e confirmarão nos filhos a sua má propensão? Os pais e mães que professam a verdade para este tempo bem melhor seria que viessem à razão e não mais partilhassem desse mal, não mais levassem a cabo as artimanhas de Satanás, aceitando o falso testemunho de seus filhos não-convertidos. É suficiente terem esses professores de lutar contra a influência desses filhos, por que acrescentar também a influência dos pais? -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1900. ------------------------Capítulo 56 -- A educação obtida nas escolas Muitos estão deixando o caminho em instituições mundanas OC 211 3 É um fato terrível, e que deve fazer tremer o coração dos pais, que em tantas das escolas a que se mandam os jovens, em busca de cultura e disciplina intelectual, dominam influências que deturpam o caráter, desviam a mente dos verdadeiros objetivos da vida e aviltam a moral. Mediante o contato com os irreligiosos, os amantes de prazeres e os corrompidos, muitíssimos jovens perdem a simplicidade e a pureza, a fé em Deus e o espírito de sacrifício que pais cristãos incentivaram e conservaram mediante cuidadosas instruções e fervorosas preces. OC 212 1 Muitos dos que entram na escola com o intuito de preparar-se para algum ramo de serviço desinteressado, absorvem-se em estudos seculares. Desperta-se o desejo de alcançar distinções nos estudos e honras no mundo. Perde-se de vista o desígnio para que entraram na escola e a vida é dedicada a ocupações egoístas e mundanas. E formam-se muitas vezes hábitos, que arruínam a vida tanto para este mundo como para o futuro. -- A Ciência do Bom Viver, 403. As influências religiosas do lar são dissipadas OC 212 2 Orais: "Não nos deixes cair em tentação." Mateus 6:13. Então não consintais que vossos filhos sejam colocados onde encontrarão desnecessária tentação. Não os envieis a escolas em que estarão ligados a influências que serão como joio no campo de seu coração. Na escola do lar, durante a infância, ensinai e disciplinai vossos filhos no temor de Deus. E então sede cuidadosos para não os colocardes onde as impressões religiosas que receberam sejam dissipadas e o amor de Deus tirado de seu coração. Não permitais que qualquer incentivo de altos salários ou de aparentes grandes vantagens educacionais vos levem a separar vossos filhos de vossa influência, para colocá-los em lugares onde estejam expostos a grandes tentações. "Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate de sua alma?" Marcos 8:36, 37. -- Manuscrito 30, 1904. Nossas escolas são ordenadas por Deus OC 212 3 Ao me ser mostrado pelo anjo de Deus que se deveria estabelecer uma instituição para a educação de nossos jovens, vi que esse seria um dos maiores meios ordenados por Deus para a salvação de almas. ... Se a influência de nossas escolas for a que deve ser, os jovens que ali se educam serão habilitados a discernir a Deus e glorificá-Lo em todas as Suas obras; e ao se empenharem em cultivar a faculdade que Deus lhes tem concedido estarão se preparando para Lhe prestar mais eficiente serviço. -- Testimonies for the Church 4:419 a 422. OC 212 4 Os jovens devem ser incentivados a freqüentar nossas escolas, que se devem tornar cada vez mais semelhantes às escolas dos profetas. Nossas escolas têm sido estabelecidas pelo Senhor. -- Fundamentos da Educação Cristã, 489. Vantagens da experiência no internato OC 213 1 Em grande proporção, as crianças que tenham de receber a educação em nossas escolas farão muito maior progresso se estiverem separadas do círculo familiar em que receberam uma educação errônea. Poderá ser necessário que algumas famílias fixem residência onde possam ter os filhos consigo, evitando assim certas despesas; mas, em muitos casos, isso se demonstraria ser um impedimento, e não uma bênção para seus filhos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 313. O internato para uma filha desobediente OC 213 2 O inimigo tem feito o que quer com vossa filha, a ponto de seus laços a terem amarrado como fitas de aço, e requererá forte e perseverante esforço para salvá-la. Se quiserdes êxito neste caso, não deve haver trabalho pela metade. Os hábitos de anos não podem ser facilmente quebrados. Ela deve ser colocada onde uma influência constante, firme e duradoura seja perseverantemente exercida. Eu vos aconselharia a pô-la no Colégio de _____; receba ela a disciplina do internato. Lá é que ela já devia ter estado há anos. OC 213 3 O internato é dirigido segundo um plano que o torna um bom lar. Pode ser que esse lar não agrade às inclinações de alguns, mas é devido a terem sido educados em falsas teorias, na condescendência própria e satisfação do próprio eu; em todos os seus hábitos e costumes, têm estado num caminho errado. Mas, minha querida irmã, estamos nos aproximando do fim do tempo; e não queremos agora seguir os gostos e práticas do mundo, mas seguir a vontade de Deus, ver o que dizem as Escrituras, e então andar de acordo com a luz que Deus nos deu. Nossas inclinações, nossos costumes e práticas não devem ter a preferência. Nossa norma é a Palavra de Deus. -- Testimonies for the Church 5:506. Alunos externos OC 213 4 Parece que alguns professores pensam que nenhuma das crianças e jovens cujos pais moram nas vizinhanças da escola devem ter privilégios escolares a menos que morem com os professores no internato. Tal idéia para mim é nova e estranha. OC 213 5 Há alguns jovens cuja influência do lar é tal que seria uma grande vantagem para eles morarem por algum tempo num internato bem orientado. E para os que moram onde necessariamente precisam deixar a casa para desfrutar os privilégios escolares, os internatos são uma grande bênção. Mas o lar paterno em que Deus é temido e obedecido é e sempre deve ser o melhor lugar para nossos filhos pequenos, onde, sob o devido ensino, podem desfrutar o cuidado e disciplina de uma família religiosa, administrada por seus próprios pais. ... OC 214 1 Quanto aos jovens que estão em idade própria para freqüentar um internato, evitemos fazer regras desnecessárias e arbitrárias que separariam dos pais os que moram nas vizinhanças de nossas escolas. ... OC 214 2 A menos que os pais estejam convencidos de que atenderia o melhor interesse dos filhos colocá-los sob a disciplina do internato, dever-se-lhes-ia permitir conservá-los sob seu domínio o máximo possível. Em alguns lugares, pais que moram perto da escola podem achar que seus filhos seriam beneficiados morando num internato, onde podem receber certas espécies de instrução, que não poderiam receber tão bem em sua própria casa. Mas não se deve exigir dos filhos que em todos os casos sejam separados dos pais para conseguir as vantagens de qualquer uma de nossas escolas. ... OC 214 3 Os pais são protetores naturais dos filhos, e têm a solene responsabilidade de orientar sua educação e preparo. OC 214 4 Não podemos compreender que os pais, que por anos vigiaram o desenvolvimento dos filhos, devem saber melhor qual a espécie de preparo e de orientação que devem ter, a fim de que neles se desenvolvam e sejam cultivados os melhores traços de caráter? Aconselharia que às crianças de lares que distam quatro ou cinco quilômetros da escola, se permitisse freqüentar a escola enquanto moram em casa e recebem os benefícios da influência paterna. Sempre que possível, seja a família conservada junta. -- Carta 60, 1910. Todas as crianças devem ter privilégios educacionais OC 214 5 A igreja está adormecida, e não reconhece a magnitude dessa questão de educar as crianças e jovens. "Ora", diz alguém, "qual a necessidade de ser tão meticuloso em educar perfeitamente os nossos jovens? Parece-me que se levardes alguns que decidiram seguir uma vocação literária ou alguma outra vocação que requer certa disciplina e dar-lhes a devida atenção, isso é tudo que é necessário. Não se exige que toda a multidão de nossos jovens seja tão bem educada. Não satisfaz isso toda a exigência necessária?" Respondo: Não. Decididamente, Não. ... A todos os nossos jovens se deve permitir ter as bênçãos e privilégios da educação em nossas escolas, para que sejam inspirados a se tornar colaboradores de Deus. Todos eles necessitam de uma educação, para se habilitarem a ser úteis, qualificarem-se para lugares de responsabilidade tanto na vida particular como na pública. -- The Review and Herald, 13 de Fevereiro de 1913. Um programa escolar equilibrado OC 214 6 As faculdades da mente precisam ser cultivadas a fim de serem usadas para a glória de Deus. Cuidadosa atenção deve ser dada ao cultivo do intelecto, para que os vários órgãos da mente tenham igual força, sendo postos em exercício, cada um na sua função distinta. Se os pais deixarem seus filhos seguirem a tendência de sua própria vontade, de sua inclinação e prazer, com negligência do dever, o caráter deles será formado segundo essa norma, e não terão competência para qualquer posição de responsabilidade na vida. Os desejos e inclinações dos jovens devem ser restringidos, fortalecidos os pontos fracos de caráter, e reprimidas as tendências fortes demais. OC 215 1 Caso se permita uma faculdade permanecer adormecida, ou seja desviada de seu próprio rumo, o propósito de Deus não é executado. Todas as faculdades devem ser bem desenvolvidas. A cada uma se deve dispensar cuidado, pois cada uma exerce influência sobre as outras, e todas elas devem ser exercitadas para que o espírito seja devidamente equilibrado. Caso um ou dois órgãos sejam cultivados e conservados em uso contínuo devido a terem nossos filhos escolhido pôr a força da mente em uma direção com negligência de outras faculdades mentais, chegarão à maturidade com a mente desequilibrada e o caráter desarmônico. Serão aptos e fortes numa direção, mas grandemente deficientes em outros sentidos justamente tão importantes. Não serão homens e mulheres competentes. Sua deficiência será acentuada e maculará todo o caráter. -- Testimonies for the Church 3:26. Os males do estudo constante OC 215 2 Muitos pais conservam os filhos na escola quase o ano inteiro. Essas crianças seguem mecanicamente a rotina do estudo, mas não retêm o que aprendem. Muitos desses estudantes contínuos parecem quase destituídos de vida intelectual. A monotonia do estudo seguido, fatiga o cérebro, e pouco é o interesse que tomam nas lições; e para muitos, torna-se penosa a aplicação aos livros. Não têm íntimo amor ao pensar, nem ambição de adquirir conhecimentos. Não estimulam em si mesmos hábitos de reflexão e estudo. ... OC 215 3 São poucos os pensadores racionais e lógicos, em razão de haverem falsas influências impedido o desenvolvimento do intelecto. A suposição de pais e professores, de que o estudo contínuo fortaleceria o intelecto, tem-se demonstrado errônea; pois em muitos casos o efeito tem ocorrido exatamente o contrário. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 84, 85. Freqüentemente a censura pertence justamente aos pais OC 215 4 Não se espera, no entanto, que os mestres façam a obra dos pais. Tem havido, da parte de muitos pais, terrível negligência do dever. Como Eli, falham quanto a exercer a devida restrição; e depois, mandam os indisciplinados filhos para o colégio a fim de receber a educação que os pais lhes deviam ter ministrado em casa. OC 216 1 Os mestres têm uma tarefa que poucos apreciam. Caso sejam bem-sucedidos em reformar esses extraviados jovens, pouco é o mérito que se lhes atribui. Se os jovens procuram a companhia dos que são inclinados para o mal, e vão de mal a pior, então os professores são censurados e acusada a escola. Em muitos casos, a censura caberia justamente aos pais. Eles tiveram a primeira e mais favorável oportunidade de controlar e educar os filhos, quando o espírito dos mesmos era dócil, a mente e o coração facilmente impressionáveis. Devido à negligência dos pais, porém, as crianças têm permissão de seguir a própria vontade, até se endurecerem em má direção. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 80, 81. Os pais devem manter a autoridade do professor OC 216 2 Uma das maiores dificuldades dos professores é a falta da parte dos pais de cooperar na administração da disciplina do colégio. Se os pais se propusessem a manter a autoridade do professor, muita insubordinação, vício e libertinagem seriam evitados. Os pais devem exigir que os filhos respeitem e obedeçam à devida autoridade. Devem trabalhar com incansável cuidado e diligência, para instruir, guiar e reprimir seus filhos, até que hábitos corretos estejam devidamente estabelecidos. Com tal ensino, estariam os jovens sujeitos às instituições da sociedade e às restrições gerais da obrigação moral. -- Testimonies for the Church 5:89. OC 216 3 Não se deve deixar as crianças julgarem se a disciplina do colégio é razoável ou desarrazoada. Se os pais têm suficiente confiança nos professores e no sistema de educação adotado pela escola para enviar seus filhos, mostrem bom senso e fibra moral, e apóiem o professor na aplicação da disciplina. ... OC 216 4 Os pais sensatos ficarão muito gratos por haver escolas onde a ilegalidade de qualquer espécie não será tolerada, e onde às crianças será ensinada a obediência em vez da condescendência, e onde as boas influências predominarão sobre elas. Há alguns pais que se propõem enviar os filhos corrompidos à escola, porque em casa são incorrigíveis. Apoiarão esses pais ao professor em sua obra de disciplina ou estarão prontos a crer em todo o relato falso? -- Manuscrito 119, 1899. Devem apoiar a disciplina escolar OC 217 1 Alguns dos pais que enviaram os filhos a _____ têm-lhes dito que se deles for exigida qualquer coisa incoerente, não se submetam, seja quem for que o exija. Que lição para dar aos filhos! Em sua inexperiência, como poderão eles julgar o que é razoável ou incoerente? OC 217 2 Podem desejar ficar fora à noite, ninguém sabe onde, e se os professores ou responsáveis exigirem que dêem conta de si, dirão que isso é um disparate, e uma infração de seus direitos. Sua independência não deve sofrer interferência. Que poder as regras e a autoridade terão sobre esses jovens enquanto consideram qualquer disciplina uma restrição despropositada à sua liberdade? OC 217 3 Em muitos casos. esses jovens têm permanecido na escola apenas um curto período de tempo voltando para casa com uma educação inacabada, para terem a liberdade de seguir à inclinação de sua vontade não educada e indisciplinada, o que não podiam ter na escola. As lições de condescendência que lhes foram ensinadas por um pai ou mãe insensatos desempenharam sua obra para o tempo e para a eternidade, e a perda dessas almas será lançada à sua conta. -- Manuscrito 119, 1899. Educação fora do currículo escolar OC 217 4 As crianças e jovens devem cultivar hábitos de perfeição com respeito à educação. O curso superior não abrange toda a educação que devem receber. Poderão estar constantemente aprendendo lições das coisas que vêem e ouvem. Poderão estudar da causa para o efeito pelo ambiente e as circunstâncias da vida; todos os dias poderão conhecer algo que devem evitar, e algo que podem praticar que os elevará e enobrecerá, dando-lhes solidez ao caráter e neles fortalecendo aqueles princípios que são o fundamento de uma varonilidade e feminilidade nobres. OC 217 5 Se se lançarem à educação com propósitos descuidados, bem contentes de passar sem qualquer esforço especial de sua parte, então não alcançarão a norma que Deus deseja que atinjam. -- The Youth's Instructor, 21 de Abril de 1886. ------------------------Capítulo 57 -- O exercício e a saúde Ocupação e recreação equilibradas OC 218 1 Para que as crianças e os jovens tenham saúde, alegria, vivacidade e músculos e cérebro bem desenvolvidos, convém que estejam muito ao ar livre, e tenham ocupação e recreação bem equilibradas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 83. OC 218 2 As crianças devem ter o tempo ocupado. O devido trabalho mental e o exercício físico ao ar livre não abaterão a constituição de vossos meninos. O trabalho útil e a familiarização com os mistérios da lida doméstica será um benefício para as vossas meninas. E alguma ocupação ao ar livre é positivamente necessária à sua constituição e saúde. -- Testimonies for the Church 4:97. Exercício e ar livre OC 218 3 Os que não usam os membros cada dia verificarão estarem fracos quando tentarem exercitá-los. As veias e músculos não estão em condições de realizar seu trabalho e conservar todo o mecanismo vivo em ação sadia, fazendo cada órgão do corpo a sua parte. Os membros se fortalecerão com o uso. O exercício moderado cada dia, comunicará energia aos músculos que, sem o exercício, se tornam flácidos e fracos. Pelo exercício ativo ao ar livre cada dia, o fígado, os rins e os pulmões serão também fortalecidos para realizar seu trabalho. OC 218 4 Chamai em vosso auxílio o poder da vontade, que resistirá ao frio e dará energia ao sistema nervoso. Dentro de pouco tempo, de tal maneira reconhecereis o benefício do exercício e do ar puro que não querereis viver sem essas bênçãos. Privados do ar, vossos pulmões serão como uma pessoa faminta privada de alimento. Verdadeiramente, podemos viver mais tempo sem alimento do que sem ar, que é o alimento que Deus proveu para os pulmões. -- Testimonies for the Church 2:533. Os estudantes necessitam de atividade física OC 219 1 A inatividade enfraquece o organismo. Deus fez o homem e a mulher para serem ativos e úteis. Coisa alguma pode aumentar a energia do jovem como o devido exercício de todos os músculos no trabalho útil. -- The Signs of the Times, 19 de Agosto de 1875. Todas as faculdades são fortalecidas pelo exercício OC 219 2 As crianças e os jovens, mantidos na escola e presos aos livros, não podem possuir sã constituição física. O exercício do cérebro no estudo, sem correspondente exercício físico, tem a tendência de atrair o sangue à cabeça, ficando desequilibrada a circulação sanguínea através do organismo. O cérebro fica com demasiado sangue, e os membros com muito pouco. Deve haver regras que limitem os estudos das crianças e jovens a certas horas, sendo depois uma porção do tempo dedicada ao trabalho físico. E se seus hábitos de comer, vestir e dormir estiverem em harmonia com as leis físicas, poderão educar-se sem sacrificar a saúde física e mental. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 83. OC 219 3 Ensinem-se às crianças, quando ainda bem novas, a levar as responsabilidades menores da vida, e as faculdades assim empregadas se fortalecerão pelo exercício. Assim os jovens poderão se tornar eficientes ajudadores na obra maior, que mais tarde o Senhor lhes ordenará fazer. ... OC 219 4 Poucos têm sido ensinados em hábitos de operosidade, ponderação e cuidado. A indolência, a inatividade, é a maior maldição para as crianças dessa idade. O trabalho sadio e útil será uma grande bênção, pois promoverá a formação de bons hábitos e de um caráter nobre. -- The Review and Herald, 30 de Agosto de 1881. Planejar variedade e mudança de trabalho OC 219 5 A mente e as mãos ativas dos jovens devem ter ocupação. Se não forem dirigidas a tarefas úteis, que os desenvolvam e sejam uma bênção para outros, ocupar-se-ão naquilo que lhes será prejudicial tanto física como espiritualmente. OC 219 6 O jovem deve alegremente partilhar das responsabilidades da vida com os pais e, assim fazendo, preservar uma clara consciência, que é positivamente necessária à saúde física e moral. Ao fazê-lo, deve-se cuidar para que não sejam sobrecarregados na mesma direção durante um espaço de tempo muito longo. Se os jovens forem conservados constantemente numa espécie de ocupação, até que a tarefa se torne cansativa, conseguir-se-á menos do que se poderia ter conseguido com uma mudança de trabalho, ou um período de relaxação. Se a mente for forçada severamente demais, deixará de se tornar forte e degenerará. A saúde e o vigor podem ser conservados pela mudança de trabalho.. Não haverá necessidade de pôr de lado o útil pelo inútil, pois os divertimentos egoístas são perigosos à moral. -- The Youth's Instructor, 27 de Julho de 1893. Fadiga, resultado normal do trabalho OC 220 1 Mães, não há nada que leve a tão grandes males como tirar as responsabilidades de vossas filhas e não lhes dar nada em especial para fazer, deixando-as escolher sua própria ocupação, talvez um pouco de crochê, ou algum outro trabalho manual para se ocuparem. Deixai que façam exercício dos membros e músculos. Se isso as fatiga, que há demais nisso? Não vos cansais de vosso trabalho? A menos que sejam sobrecarregados, prejudicará mais o cansaço aos vossos filhos do que a vós? Não, de maneira nenhuma. -- Testimonies for the Church 2:371. OC 220 2 Podem estar cansados, mas quão doce é seu descanso depois de uma apropriada porção de trabalho! O sono, o doce restaurador da natureza, revigora o corpo cansado e o prepara para os deveres do dia imediato. -- The Signs of the Times, 10 de Abril de 1884. Por que freqüentemente a pobreza é uma bênção OC 220 3 Julgam alguns que as riquezas e a ociosidade sejam verdadeiramente bênçãos; mas os que sempre estão ocupados, e que alegremente realizam suas tarefas diárias, são os mais felizes, e desfrutam da melhor saúde. ... A sentença de que o homem deve lutar pelo pão de cada dia, e a promessa de felicidade e glória futuras, vêm ambas do mesmo trono, sendo ambas uma bênção. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 97. OC 220 4 A pobreza, em muitos casos, é uma bênção, porque evita que os jovens e as crianças sejam arruinadas pela inatividade. Tanto as faculdades físicas como as mentais devem ser cultivadas e desenvolver-se devidamente. A primeira e constante preocupação dos pais deve ser a de cuidar de que os filhos tenham constituição forte, para que possam ser homens e mulheres saudáveis. Sem exercício físico, é impossível alcançar esse objetivo. OC 220 5 Para a sua própria saúde física e bem moral, as crianças devem ser ensinadas a trabalhar, ainda que não seja imperioso no que concerne à necessidade. Se quiserem ter caráter puro e virtuoso, devem desfrutar da disciplina de um trabalho bem organizado, que ponha todos os músculos em atividade. A satisfação que as crianças terão sendo úteis e negando a si mesmas para ajudar aos outros será o prazer mais salutar que jamais experimentaram. -- Testimonies for the Church 3:151. Igualar as atividades mentais e físicas OC 221 1 Não se deve permitir os estudantes tomarem tantos estudos que não tenham tempo para exercício físico. A saúde não poderá ser preservada, a não ser que alguma parte de cada dia seja dedicada à atividade muscular ao ar livre. Horas regulares devem ser dedicadas ao trabalho manual de alguma espécie, algo que ponha em ação todas as partes do corpo. Equilibrai o esforço das faculdades físicas e mentais, e a mente do estudante será refrescada. Se está doente, o exercício físico freqüentemente ajudará o organismo a recuperar a condição normal. Quando os alunos saírem do colégio, devem ter melhor saúde e melhor compreensão das leis da vida do que quando nele entraram. A saúde deve ser tão sagradamente cuidada como o caráter. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 82, 83. A energia juvenil temerariamente dissipada OC 221 2 A mocidade, no frescor e vigor da vida, pouco se compenetra do valor de sua abundante energia. Tesouro mais precioso do que o ouro, mais essencial para o adiantamento do que a erudição, posição social, ou riquezas, em quão pouca conta é ela tida! Quão temerariamente é dissipada! ... OC 221 3 No estudo da fisiologia, os alunos devem ser levados a ver o valor da energia física, e como pode ela ser preservada e desenvolvida de modo a contribuir no mais alto ponto para o sucesso na grande luta da vida. -- Educação, 195, 196. A atividade não deve ser reprimida, mas dirigida OC 221 4 Nossos filhos acham-se, por assim dizer, na encruzilhada dos caminhos. De todos os lados, os incitamentos do mundo ao interesse e à condescendência consigo mesmos atraem-nos da vereda estabelecida para os remidos do Senhor. Tornar sua vida uma bênção ou uma maldição depende da escolha que fizerem. Transbordando de energia; ansiosos de provar suas aptidões ainda não experimentadas, precisam dar vazão a sua exuberância de vida. Eles serão ativos, ou para o bem ou para o mal. OC 221 5 A Palavra de Deus não reprime a atividade, mas guia-a retamente. Deus não pede aos jovens que tenham menos aspirações. OC 222 1 Os elementos de caráter que tornam o homem verdadeiramente bem-sucedido e honrado entre os homens -- o irreprimível desejo de algum bem maior, a indomável vontade e tenaz aplicação, a perseverança incansável -- não devem ser desanimados. Pela graça de Deus devem ser dirigidos para a realização de objetivos tão mais elevados que meros interesses egoístas e mundanos, quanto os céus são mais altos do que a Terra. -- A Ciência do Bom Viver, 396. ------------------------Capítulo 58 -- Preparo para a vida prática Por que Deus designou o trabalho para Adão e Eva OC 222 2 O Senhor criou Adão e Eva e os colocou no Jardim do Éden para cuidar do jardim e guardá-lo para o Senhor. Era para sua felicidade ter alguma ocupação, senão o Senhor não lhes teria designado seu trabalho. -- Manuscrito 24b, 1894. OC 222 3 Quando em conselho com o Pai, antes que o mundo existisse, foi resolvido que o Senhor plantasse um jardim no Éden para Adão e Eva, e lhes desse a tarefa de cuidar das árvores frutíferas e cultivar e arranjar a vegetação. O trabalho útil devia ser sua salvaguarda e se devia perpetuar por todas as gerações, até o fim da história terrestre. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. O exemplo de Jesus como obreiro perfeito OC 222 4 Em Sua vida na Terra, Cristo era ... obediente e prestativo no lar. Aprendeu o ofício de carpinteiro e trabalhou com as próprias mãos na pequena oficina de Nazaré. ... A Bíblia diz de Jesus: "E o Menino crescia e Se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre Ele." Lucas 2:40. Ao trabalhar na infância e na juventude, a mente e o corpo se desenvolviam. Ele não usou Suas faculdades físicas descuidadamente, mas exercitou-as para mantê-las sadias, a fim de poder fazer o melhor trabalho em cada setor. Não desejava ser falho, nem mesmo no manejo das ferramentas. Foi tão perfeito como operário quanto o era no caráter. -- Fundamentos da Educação Cristã, 417, 418. OC 223 1 Todo artigo que fazia era bem feito, ajustando-se exatamente as diferentes partes, sendo tudo capaz de suportar a prova. -- Evangelismo, 378. Trabalhava diariamente com mãos pacientes OC 223 2 Pelo Seu exemplo, Jesus tornou sagradas as mais humildes veredas da vida humana. ... Sua vida foi de diligente operosidade. Ele, a Majestade do Céu, andava pelas ruas trajando as simples vestes do trabalhador comum. Trabalhava acima e abaixo nas encostas das montanhas, indo para o Seu humilde trabalho e dele voltando. Não foram enviados anjos para O sustentarem em suas asas na cansativa escalada, ou para Lhe concederem força para a realização de Sua humilde tarefa. Contudo, ao sair para contribuir para o sustento da família, com Seu trabalho diário, possuía o mesmo poder que quando operou o milagre da alimentação de cinco mil pessoas famintas, na praia de Galiléia. OC 223 3 Mas não empregara Seu poder divino para diminuir Suas responsabilidades, ou aliviar Suas tarefas. Tomara sobre Si a forma humana, com todos os males que a acompanham, e não desistiu de suas mais severas provas. Viveu num lar de camponês, e trajava vestes rudes; misturando-Se com os humildes, trabalhava diariamente com mãos pacientes. Seu exemplo nos mostra que o dever do homem é ser operoso, que o trabalho é honroso. -- The Health Reformer, Outubro de 1876. OC 223 4 Por longo tempo, Jesus morou em Nazaré, sem honra e desconhecido, para poder ensinar aos homens como viver perto de Deus no desempenho dos mais humildes deveres da vida. Para os anjos, era um mistério que Cristo, a Majestade do Céu, condescendesse não somente em levar sobre Si a forma humana, mas em assumir os seus mais pesados encargos e mais humilhantes ofícios. Isso Ele o fez para Se assemelhar a qualquer um de nós, para Se poder familiarizar com os pesados labores, as tristezas e a fadiga dos filhos dos homens. -- The Health Reformer, Outubro de 1876. Despertar a ambição de realizações úteis OC 223 5 Deve-se despertar nas crianças e jovens a ambição de fazer exercício por meio de alguma coisa que seja de benefício a si mesmos e proveitosa a outros. O exercício que promove o desenvolvimento da mente e do caráter, que ensina as mãos a serem úteis, prepara os jovens para assumir sua parte nos encargos da vida, é o que dá força física e vivifica todas as faculdades. E há recompensa na atividade virtuosa, no cultivo do hábito de viver para fazer o bem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 147. OC 224 1 Aos jovens precisa ser ensinado que a vida significa trabalho diligente, responsabilidade, cuidados. Precisam de um preparo que os torne práticos, a saber, homens e mulheres que possam fazer face às emergências. Deve ensinar-se-lhes que a disciplina do trabalho sistemático, bem regulado, é essencial, não unicamente como salvaguarda contra as dificuldades da vida, mas também como auxílio para o desenvolvimento completo. -- Educação, 215. O trabalho físico não é degradante OC 224 2 É erro comum, da parte de grande classe de pessoas, considerar o trabalho como degradante; daí, os rapazes ficam muito ansiosos de se educar para professores, guarda-livros, comerciantes, advogados, e ocupar qualquer cargo que não exija trabalho físico. As jovens consideram o serviço doméstico humilhante. E se bem que o exercício físico exigido para efetuar o trabalho da casa, não sendo pesado, seja designado a promover a saúde, elas assim mesmo procuram preparar-se para ser professoras ou secretárias, ou aprendem qualquer ofício que as limite a um trabalho interno e sedentário. ... -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 291. OC 224 3 O mundo está cheio de moços e moças que se orgulham de sua ignorância de qualquer trabalho útil; e quase invariavelmente são frívolos, vãos, amantes da ostentação, infelizes, insatisfeitos, e com muita freqüência dissipadores e sem princípios. Tais caracteres são uma mancha para a sociedade e uma desonra para seus pais. -- The Health Reformer, Dezembro de 1877. OC 224 4 Nenhum de nós deve envergonhar-se do trabalho, por mais servil e menor que pareça. O trabalho é enobrecedor. Todos quantos labutam com a cabeça ou com as mãos são homens e mulheres de trabalho. E todos tanto honram sua religião no tanque de lavar roupa ou na pia dos pratos, como o fazem quando vão às reuniões. Enquanto as mãos se encontram ocupadas nos serviços mais comuns, a mente pode ser elevada e enobrecida por pensamentos santos e puros. -- Testemunhos Selectos 1:588. Senhores, não escravos do trabalho OC 225 1 A mocidade deve ser levada a ver a verdadeira dignidade do trabalho. -- Educação, 214. OC 225 2 Uma grande razão por que o trabalho físico é menosprezado é a maneira desleixada e imprudente como é muitas vezes realizado. É feito por necessidade e não por escolha. O trabalhador não o leva a sério, não conserva o respeito de si mesmo nem conquista o de outros. O ensino manual deve corrigir esse erro. Deve desenvolver hábitos de exatidão e perfeição. Os estudantes devem aprender o tato e o método em seus afazeres; aprender a economizar tempo e a fazer cada movimento de maneira que seja aproveitado. Não somente lhes devem ser ensinados os melhores métodos, mas cumpre sejam inspirados pela ambição de sempre se aperfeiçoarem. Seja o seu alvo fazer o trabalho o mais perfeito que o cérebro e as mãos humanas possam conseguir. OC 225 3 Tal ensino fará com que os jovens sejam senhores e não escravos do trabalho. Aliviará a sorte daquele que se esforça, e enobrecerá até a mais humilde ocupação. Aquele que considera o trabalho simplesmente coisa enfadonha, e a ele se entrega com uma ignorância complacente, sem fazer esforço por aperfeiçoar-se, terá verdadeiramente nele um fardo. Aqueles, porém, que reconhecem ciência no mais humilde trabalho, nele verão nobreza e beleza, e terão prazer em realizá-lo com fidelidade e eficiência. -- Educação, 222. A riqueza não é desculpa para o ensino prático OC 225 4 Em muitos casos, os pais ricos não vêem a importância de educar os filhos tanto nos deveres práticos da vida, como nas ciências. Não sentem a necessidade de, para o bem do intelecto e da moral dos filhos, e para sua futura utilidade, dar-lhes um conhecimento cabal do trabalho útil. É esta uma obrigação que têm para com os filhos, a fim de que, se lhes chegarem dificuldades, possam manter-se com nobre independência, sabendo como fazer uso das mãos. Se têm um capital de vigor, não podem ser pobres, ainda que não possuam um centavo. OC 225 5 Muitos, que na juventude se achavam em circunstâncias favoráveis, podem ficar despojados de todas as suas riquezas, e com pais, irmãos e irmãs para manter. Quão importante é, pois, que a todo o jovem se ensine a trabalhar, a fim de que possa estar preparado para qualquer emergência. As riquezas são uma verdadeira maldição, quando os seus possuidores deixam que elas sejam um impedimento para os filhos e filhas obterem o conhecimento de algum trabalho útil que os habilite para a vida prática. -- Testimonies for the Church 3:150. Os filhos devem partilhar dos deveres domésticos OC 226 1 A mãe fiel não será nem poderá ser uma devota da moda, nem será uma escrava doméstica para ceder aos caprichos dos filhos e escusá-los do trabalho. Ensinar-lhes-á a com ela partilhar dos deveres domésticos, para que possam ter um conhecimento prático da vida. Quando os filhos tomam parte no trabalho com a mãe, aprendem a considerar o trabalho útil como essencial à felicidade, enobrecedor, e não degradante. Mas se a mãe ensina as filhas a serem indolentes, enquanto leva as pesadas responsabilidades da vida doméstica, está lhes ensinando a olhar para ela como uma criada, para servi-las e fazer as coisas que elas deveriam fazer. A mãe sempre deve manter sua dignidade. -- Pacific Health Journal, Junho de 1890. OC 226 2 Algumas mães cometem uma falta, ao isentar as filhas das lidas e cuidados. Assim fazendo, nelas incentivam a indolência. A desculpa que essas mães às vezes dão é: "Minhas filhas não são fortes." Mas assumem justamente a atitude que as torna fracas e ineficientes. Trabalho bem dirigido é evidentemente o de que necessitam para torná-las fortes, vigorosas, alegres, felizes e corajosas, para enfrentar as várias provas que assediam esta vida. -- The Signs of the Times, 19 de Agosto de 1875. Designar tarefas úteis para as crianças OC 226 3 O descuido dos pais ao negligenciar dar ocupação aos filhos tem resultado em indizível mal, pondo em perigo a vida de muitos jovens, e tristemente invalidando a sua utilidade. Deus deseja que tanto os pais como os professores eduquem as crianças nos deveres práticos da vida diária. Incentivai a operosidade. As meninas -- e mesmo os rapazes que não têm trabalho ao ar livre -- devem aprender a ajudar a mãe. Desde a meninice, devem os meninos e meninas ser ensinados a levar responsabilidades cada vez maiores, ajudando inteligentemente no trabalho da sociedade familiar. Mães, mostrai pacientemente aos vossos filhos como fazer uso das mãos. Compreendam eles que suas mãos devem ser usadas com tanta habilidade como as vossas, no trabalho da casa. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1904. OC 226 4 Cada criança da família deve ter uma parte a desempenhar na responsabilidade do lar. E lhe deve ser ensinado a desempenhar fiel e alegremente a sua tarefa. Se o trabalho for distribuído dessa maneira, e os filhos crescerem acostumados a levar as responsabilidades apropriadas, nenhum membro da casa será sobrecarregado, e tudo correrá agradável e suavemente no lar. Será exercida a devida economia, pois todos estarão familiarizados com os detalhes do lar e neles interessados. -- The Signs of the Times, 23 de Agosto de 1877. Cozinhar e costurar, lições básicas OC 227 1 As mães devem levar as filhas consigo para a cozinha e dar-lhes completa instrução sobre a arte culinária. Também devem instruí-las na arte da costura. Devem ensinar-lhes a cortar roupas economicamente e costurá-las com esmero. Algumas mães preferem elas mesmas fazer tudo isso, a terem o trabalho de ensinar com paciência suas filhas inexperientes. Mas, assim fazendo, negligenciam os ramos essenciais da educação e cometem um grande mal contra as filhas, pois, na vida futura, ficarão embaraçadas devido à falta de conhecimento dessas coisas. -- An Appeal to Mothers, 15. Ensinar tanto os meninos como as meninas OC 227 2 Visto como os homens, bem como as mulheres, têm parte na constituição do lar, tanto os rapazes como as moças devem obter conhecimento dos deveres domésticos. Fazer a cama e arrumar o quarto, lavar a louça, preparar a comida, lavar e consertar sua própria roupa, são conhecimentos que não tornarão um rapaz menos varonil; torná-lo-ão mais feliz e mais útil. E se, do outro lado, as moças pudessem aprender a arrear, cavalgar, e usar a serra e o martelo, assim como o ancinho e a enxada, estariam melhor adaptadas a enfrentar as emergências da vida. -- Educação, 216, 217. OC 227 3 É tão essencial para nossas filhas aprender o devido uso do tempo, como é para os nossos filhos, e são igualmente responsáveis a Deus pela maneira em que o ocupam. A vida nos é concedida para o sábio aproveitamento dos talentos que possuímos. -- The Health Reformer, Dezembro de 1877. O privilégio de conservar as forças da mãe OC 227 4 Todos os dias há um trabalho doméstico a fazer -- cozinhar, lavar pratos, varrer e tirar o pó. Mães, já ensinastes vossas filhas a cumprir esses deveres diários? ... Seus músculos necessitam de exercício. Em vez de se exercitarem pulando, jogando bola ou croqué, tenha seu exercício algum propósito. -- Manuscrito 129, 1898. OC 227 5 Ensinai as crianças a assumirem sua parte das responsabilidades da família. Conservai-as ocupadas em algum trabalho útil. Mostrai-lhes como fazer seu trabalho com facilidade e bem feito. Ajudai-as a reconhecer que, ao aliviarem as responsabilidades da mãe, estão-lhe preservando as forças e prolongando a vida. Muita mãe fatigada tem sido baixada a uma sepultura prematura, sem outra razão senão a de que seus filhos não foram ensinados a participar de suas responsabilidades. Incentivando o espírito de serviço desinteressado no lar, os pais estão atraindo os filhos para mais perto de Cristo, que é a personalização do desprendimento. -- Manuscrito 70, 1903. Uma experiência na felicidade OC 228 1 Filhos, sentai vossa mãe na cadeira preguiçosa, e pedi-lhe que vos indique o que quer que façais primeiro. Que surpresa seria isso para muita mãe cansada e sobrecarregada! Nunca sentirão as crianças e os jovens a paz do contentamento a menos que, pela realização fiel dos deveres do lar, aliviem as mãos cansadas, e o coração e o cérebro fatigados da mãe. São esses alguns dos passos na escada do progresso que os levarão avante para receber a mais alta educação. OC 228 2 É a realização fiel dos deveres de cada dia que traz a satisfação e paz que advêm ao verdadeiro obreiro do lar. Os que negligenciam tomar parte nas responsabilidades do lar são os que são perturbados pela solidão e descontentamento; pois não aprenderam a verdade de que os felizes o são porque partilham da rotina diária de trabalho que repousa sobre a mãe, ou outros membros da família. Muitos estão deixando de aprender as lições mais úteis, que é essencial ao seu bem futuro compreender. -- Manuscrito 129, 1898. A recompensa da fidelidade nos deveres domésticos OC 228 3 O fiel cumprimento dos deveres domésticos, preenchendo a posição que podeis ocupar da melhor maneira possível, por mais simples e humilde que seja, é realmente enobrecedor. Necessita-se dessa influência divina. Nela há paz e sagrada alegria. Possui poder curador. Secreta e imperceptivelmente suaviza as feridas da alma, e mesmo os sofrimentos do corpo. A paz de espírito que sobrevém dos motivos e ações puros e santos, comunicará viva e vigorosa elasticidade a todos os órgãos do corpo. A paz interior e uma consciência livre de culpa para com Deus vivificarão e revigorarão o intelecto, como o orvalho destilado sobre tenras plantas. A vontade é então devidamente orientada e controlada, sendo mais decidida e no entanto livre de perversidade. As meditações são agradáveis por serem santificadas. A serenidade de espírito que vos é concedida abençoará a todos aqueles com quem vos associardes. A paz e calma tornar-se-ão, a seu tempo, naturais, e refletirão seus preciosos raios sobre todos os que vos rodeiam, para serem de novo refletidas sobre vós. Quanto mais provardes dessa paz celestial e quietude de espírito, tanto mais elas aumentarão. É um prazer animado e vivo que não lança todas as energias morais em apatia, antes as desperta para crescente atividade. A paz perfeita é um atributo do Céu, possuído pelos anjos. -- Testimonies for the Church 2:326, 327. Haverá atividade no céu OC 229 1 Os anjos são obreiros; são ministros de Deus para os filhos dos homens. Aqueles servos indolentes que antevêem um Céu de inatividade têm uma falsa idéia do que constitui o Céu. O Criador não preparou um lugar para a satisfação de pecaminosa indolência. O Céu é um lugar de interessada atividade; no entanto, para o cansado e oprimido, para os que pelejaram a boa peleja da fé, será um glorioso descanso; pois seus serão a juventude e o vigor da imortalidade, e não mais terão de combater contra o pecado e Satanás. Para esses dinâmicos obreiros, um estado de eterna indolência seria enfadonho. Não seria Céu para eles. A trilha de trabalho apontada aos cristãos na Terra pode ser dura e fatigante, mas é honrada pelas pegadas do Redentor. E aquele que segue esse sagrado caminho estará seguro. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 99. ------------------------Capítulo 59 -- Ensino de ofícios úteis Toda criança deve aprender algum ofício OC 229 2 O descuido dos pais, ao deixar de dar ocupação aos filhos que assumiram a responsabilidade de trazer ao mundo, tem resultado em indizível mal, pondo em perigo a vida de muitos jovens e lhes invalidando grandemente a utilidade. É um grande erro permitir que moços cresçam sem aprender algum ofício. -- Manuscrito 121, 1901. OC 229 3 Da coluna de nuvens, Jesus ordenou aos hebreus, por meio de Moisés, que deviam ensinar os filhos a trabalhar, que lhes deviam ensinar ofícios e que ninguém devia ficar ocioso. -- Manuscrito 24b, 1894. OC 229 4 Deveis ajudar vossos filhos a adquirir conhecimento, para que, se necessário, possam viver de seu próprio trabalho. Deveis ensinar-lhes a ser decididos em seguir aos apelos do dever. -- The Signs of the Times, 19 de Agosto de 1875. Ensinar a usar ferramentas OC 230 1 Quando as crianças alcançam a idade própria, devem ser-lhes providas ferramentas. Se seu trabalho é tornado interessante, serão alunos aptos no uso da ferramenta. Se o pai é carpinteiro, deve dar lições aos meninos sobre construção de casas, pondo em suas instruções lições da Bíblia, as palavras da Escritura em que o Senhor compara os seres humanos com Seu edifício. -- Manuscrito 45, 1912. Ensinar aos filhos a agricultura OC 230 2 Os pais devem ensinar os filhos para se empenharem com eles em seus ofícios e ocupações. Não devem os lavradores pensar ser a agricultura uma ocupação que não é suficientemente elevada para seus filhos. A agricultura deve ser melhorada pelo conhecimento científico. A agricultura tem sido considerada inútil OC 230 3 O povo diz que o solo não compensa o trabalho que nele se faz, e muitos deploram a triste sorte dos que o cultivam. Mas assumissem pessoas com a devida habilidade a direção desse ramo de trabalho, e estudassem o solo, aprendendo como plantar, cultivar e fazer a colheita, e ver-se-iam mais animadores resultados. Muitos dizem: "Já experimentamos a agricultura e sabemos quais os resultados", no entanto essas mesmas pessoas precisam saber como cultivar o solo e aplicar a ciência em seu trabalho. A relha de seus arados deve fazer sulcos mais profundos, mais amplos, e precisam aprender que ao cultivar o solo não necessitam tornar-se de natureza comum e rude. ... Aprendam a lançar a semente no devido tempo, a dar atenção à vegetação e a seguir o plano que Deus determinou. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. Ensino de incalculável valor OC 230 4 Nenhum ramo do trabalho manual é mais valioso do que a agricultura. Um esforço maior deve fazer-se a fim de criar e incentivar o interesse nos trabalhos da agricultura. Chame o professor a atenção para o que diz a Bíblia sobre a agricultura: Que cultivar a terra era o plano de Deus para com o homem; que ao primeiro homem, o governador do mundo inteiro, foi dado um jardim a cultivar; e que muitos dos maiores vultos do mundo, a verdadeira nobreza deste, foram cultivadores do solo. Mostrai as oportunidades de uma vida tal. ... OC 230 5 Aquele que ganha a sua vida pela agricultura escapa de muitas tentações e frui inúmeros privilégios e bênçãos negados àqueles cujo trabalho é nas grandes cidades. E nestes dias dos colossais monopólios e rivalidade comercial, poucos há que desfrutam de uma independência tão real e de tão grande certeza de bons rendimentos de seu trabalho, como o cultivador do solo. -- Educação, 219. O valor especial dos produtos frescos OC 231 1 Famílias e instituições devem aprender a fazer mais quanto ao cultivo e aperfeiçoamento da terra. Se o povo tão-somente soubesse o valor dos produtos da terra, que ela produz a seu tempo, seriam feitos mais diligentes esforços para cultivar o solo. Todos se devem achar relacionados com o valor especial das frutas e verduras frescas, colhidas do pomar e da horta. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 312. As escolas devem instruir nos ofícios úteis OC 231 2 O ensino manual merece muito mais atenção do que tem recebido. Devem-se estabelecer escolas que, em acréscimo à mais elevada cultura intelectual e moral, provejam as melhores possibilidades para o desenvolvimento físico e educação industrial. Deve-se ministrar instrução em agricultura, manufaturas, abrangendo tantos dos seus mais úteis ramos quanto possível; bem como em economia doméstica, arte culinária saudável, costura, confecção de roupas, tratamento de doentes, e coisas correlatas. Devem ser providas hortas, oficinas, salas de tratamentos, e o trabalho em todo o ramo cumpre estar sob a direção de instrutores hábeis. OC 231 3 Importa que o trabalho tenha um objetivo definido, e seja completo. Conquanto cada pessoa precise de alguns conhecimentos em ocupações diferentes, é indispensável que se torne hábil em ao menos uma delas. Todo o jovem, ao deixar a escola, deve ter adquirido conhecimento em algum ofício ou ocupação com que, se for necessário, possa ganhar sua subsistência. -- Educação, 218. Preparo de duplo valor OC 231 4 Ligados às escolas, deve haver estabelecimentos que desenvolvam vários ramos de trabalho, a fim de os estudantes terem ocupação e o necessário exercício fora das horas de estudo. ... Depois, poderiam obter conhecimentos práticos de ofícios, ao mesmo tempo que vão adquirindo sua instrução literária. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 83, 84. Conhecimento técnico vale mais que o científico OC 232 1 Deveria ter havido professores experimentados que dessem lições às jovens na arte culinária. Às moças dever-se-ia ter ensinado a cortar, fazer e consertar roupas, tornando-se assim preparadas para os deveres práticos da vida. Para os jovens, devia haver estabelecimentos em que pudessem aprender diferentes ofícios, que lhes pusessem em exercício os músculos bem como as faculdades mentais. Se o jovem apenas pode ter uma educação parcial, qual é a de maior valor -- um conhecimento das ciências, com todas as desvantagens para a saúde e a vida, ou o conhecimento do trabalho, para a vida prática? Sem titubear, respondemos: o último. Se um deve ser negligenciado, seja ele o estudo dos livros. -- Testimonies for the Church 3:156. OC 232 2 Pode haver os que têm tido um ensino errado e os que tenham idéias errôneas com relação ao ensino dos filhos. Essas crianças e jovens necessitam o melhor preparo, e deveis pôr o trabalho físico justamente a par do mental -- os dois devem andar juntos. -- Manuscrito 19, 1887. Jesus foi um exemplo de alegre operosidade OC 232 3 Exige muito mais graça e severa disciplina de caráter trabalhar para Deus na capacidade de mecânico, negociante, advogado ou fazendeiro, aplicando os preceitos do cristianismo nos negócios comuns da vida, do que trabalhar como reconhecido missionário no campo aberto onde a posição da pessoa é compreendida, e metade de suas dificuldades evitadas por esse mesmo fato. Exige músculos e nervos espirituais fortes, o aplicar a religião na oficina e no escritório, santificando os detalhes na vida de cada dia e subordinando cada transação mundana à norma de um cristão bíblico. OC 232 4 Durante os Seus trinta anos de retiro em Nazaré, Jesus trabalhou e descansou, comeu e dormiu, semana após semana e ano após ano, da mesma forma que os Seus humildes contemporâneos. Não chamou a atenção para Si mesmo como notável personagem; no entanto, era o Redentor do mundo, o Adorado dos anjos, fazendo, todo o tempo, o trabalho de Seu Pai, deixando uma lição que devia permanecer, para a imitação da humanidade, até ao fim do tempo. OC 232 5 Essa lição essencial de alegre operosidade nos deveres necessários da vida, embora humildes, ainda deve ser aprendida pela maior parte dos seguidores de Cristo. Ainda que não haja um olho humano para criticar nosso trabalho, nem voz humana, para louvá-lo ou censurá-lo, deve ele ser feito tão bem como se o próprio Ser infinito o estivesse inspecionando pessoalmente. Devemos ser tão fiéis nos mínimos detalhes de nosso negócio, como seríamos nas maiores questões da vida. -- The Health Reformer, Outubro de 1876. ------------------------Capítulo 60 -- O conhecimento das leis da vida Maravilhas do corpo humano OC 233 1 Somos obra de Deus, e Sua Palavra declara que fomos formados "de um modo terrível e... maravilhoso". Salmos 139:14. Ele preparou esta morada viva para a mente; ela é "primorosamente tecida", um templo que o próprio Senhor preparou para a habitação de Seu Santo Espírito. A mente rege o homem inteiro. Todas as nossas ações, quer boas quer más, originam-se na mente. É a mente que adora a Deus e nos põe em contato com os seres celestiais. No entanto, muitos passam toda vida sem instruir-se acerca do escrínio [o corpo humano] que contém esse tesouro. OC 233 2 Todos os órgãos físicos são servos da mente; e os nervos, os mensageiros que transmitem suas ordens a cada parte do corpo, dirigindo os movimentos do mecanismo vivo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 425, 426. OC 233 3 Ao ser estudado o mecanismo do corpo, deve dirigir-se a atenção para a sua maravilhosa adaptação de meios aos fins, para a ação harmoniosa e dependência dos vários órgãos. Despertando-se desta maneira o interesse do estudante, e sendo ele levado a ver a importância da cultura física, muito poderá ser feito pelo professor para conseguir o desenvolvimento conveniente e hábitos corretos. -- Educação, 198. A saúde deve ser conservada OC 233 4 Como o espírito e a alma encontram expressão mediante o corpo, tanto o vigor mental como o espiritual dependem em grande parte da força e atividade física. OC 234 1 O que quer que promova a saúde física promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e um caráter bem equilibrado. Sem saúde, ninguém pode compreender distintamente suas obrigações, ou completamente cumpri-las para consigo mesmo, seus semelhantes ou seu Criador. Portanto, a saúde deve ser tão fielmente conservada como o caráter. Um conhecimento de fisiologia e higiene deve ser a base de todo o esforço educativo. -- Educação, 195. Muitos não estão dispostos a estudar as leis da saúde OC 234 2 Muitos não estão dispostos a empregar o necessário esforço para obter um conhecimento das leis da vida e dos meios simples a serem empregados para a restauração da saúde. Não se colocam na relação correta para com a vida. Quando lhes advém a doença como resultado de sua transgressão das leis naturais, não procuram corrigir seus erros, e então pedir as bênçãos de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 112, 113. OC 234 3 Não somente devemos educar-nos a viver em harmonia com as leis da saúde, mas a ensinar aos outros o melhor caminho. Mesmo entre os que professam crer nas verdades especiais para este tempo, lamentavelmente muitos são ignorantes com relação à temperança e à saúde. Precisam ser instruídos mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. O assunto deve ser conservado vivo diante deles. Essa questão não deve ser passada por alto como não sendo essencial, pois quase toda a família precisa ser despertada neste sentido. A consciência deve ser despertada quanto ao dever de praticar os princípios da verdadeira reforma. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 117. OC 234 4 Os princípios de saúde no que se aplicam ao regime alimentar, exercício, cuidado das crianças, tratamento dos doentes, e muitas outras coisas semelhantes, devem receber muito mais atenção do que comumente se lhes dá. -- Educação, 197. Estudar medidas preventivas OC 234 5 Demasiado pouco se atende às causas que servem de base para a mortalidade, para a enfermidade e degenerescência que existem hoje em dia, mesmo nos países mais civilizados e favorecidos. A espécie humana está se deteriorando. ... A maior parte dos males que trazem ruína e miséria à humanidade poderia ser evitada e a capacidade de assim fazer está especialmente com os pais. -- A Ciência do Bom Viver, 380. Ensinar os filhos a raciocinarem da causa para o efeito OC 234 6 Ensinai vossos filhos a raciocinarem da causa para o efeito. Mostrai-lhes que, se violam as leis de seu ser, devem pagar a pena com o sofrimento. Se não puderdes ver melhoramento tão rápido como desejais, não desanimeis, mas instruí-os pacientemente e persisti até que seja alcançada a vitória. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 126. OC 235 1 Os que estudam e praticam os princípios do viver saudável serão grandemente abençoados, física e espiritualmente. A compreensão da filosofia da saúde é uma salvaguarda contra muitos males que estão continuamente aumentando. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 138. Instrução progressiva OC 235 2 Às crianças devem ser ensinados, já em pequeninas, os rudimentos de fisiologia e higiene, por meio de lições simples e fáceis. E esse trabalho deve ser iniciado pela mãe em casa, e fielmente continuado na escola. À medida em que os alunos avançam em idade, deve-se continuar a instrução neste sentido, até que estejam habilitados a cuidar da casa em que vivem. Devem compreender a importância de se prevenirem contra as moléstias pela preservação do vigor de cada órgão, e importa que sejam instruídos na maneira de tratar as moléstias e acidentes comuns. -- Educação, 196. Conhecimento dos fatos não é suficiente OC 235 3 Ao estudante de fisiologia deve ser ensinado que o objeto de seu estudo não é simplesmente obter conhecimento de fatos e princípios. Isto, só, se mostrará de pouco valor. Ele pode compreender a importância da ventilação; seu quarto poderá estar suprido de ar puro; mas, a menos que ele encha devidamente os pulmões, sofrerá os resultados da respiração imperfeita. Assim, a necessidade da higiene pode ser compreendida, e supridos os meios necessários; mas, a menos que sejam postos em uso, tudo será sem valor. O grande requisito, ao ensinar tais princípios, consiste em impressionar o aluno com sua importância de maneira que ele conscienciosamente os ponha em prática. -- Educação, 200. É necessário conhecimento das leis da natureza OC 235 4 Há assuntos usualmente não incluídos no estudo da fisiologia que deveriam ser considerados de muito mais valor para o estudante do que os detalhes técnicos geralmente ensinados nessa matéria. Como princípio fundamental de toda a educação, deve-se ensinar à juventude que as leis da natureza são as leis de Deus, verdadeiramente tão divinas quanto os preceitos do Decálogo. As leis que governam nosso organismo físico, Deus as escreveu sobre cada nervo, músculo ou fibra do corpo. Cada violação descuidada ou negligente dessas leis constitui um pecado contra o nosso Criador. Quão necessário é, pois, transmitir um completo conhecimento dessas leis! -- Educação, 196, 197. Regularidade no comer e no dormir OC 236 1 A importância da regularidade no tempo de comer e dormir não deve passar despercebida. Desde que o trabalho da construção do corpo ocorre durante as horas do descanso, é essencial, especialmente na juventude, que o sono seja regular e abundante. -- Educação, 205. OC 236 2 Ao regular as horas do sono, não se deve proceder com descuido. Os estudantes não devem adquirir o hábito de permanecer em pé até a meia-noite, e tomar as horas do dia para o sono. Se se acostumaram a fazer isso em casa, devem corrigir o hábito, deitando-se à hora devida. Levantar-se-ão então pela manhã descansados para os deveres do dia. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 297. Insistir nos hábitos corretos de saúde OC 236 3 Deve-se insistir nos hábitos corretos de comer, beber e vestir. Maus hábitos tornam os jovens menos susceptíveis à instrução bíblica. As crianças devem ser guardadas contra a condescendência com o apetite, e especialmente contra o uso de estimulantes e narcóticos. As mesas de pais cristãos não devem estar repletas de alimentos que contenham condimentos e especiarias. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 126. OC 236 4 Não devemos condescender com qualquer hábito que enfraqueça as energias físicas e mentais, ou prejudique de qualquer maneira nossas faculdades. Devemos fazer tudo que estiver nas nossas forças para nos conservarmos com saúde, para podermos ter disposição dócil, mente clara, e sermos capazes de distinguir entre o santo e o comum, e honrar a Deus em nosso corpo e nosso espírito, que a Ele pertencem. -- The Youth's Instructor, 24 de Agosto de 1893. A importância da posição correta OC 236 5 Entre as primeiras coisas que se devem ter em vista, figura a posição correta, tanto estando sentados como de pé. Deus fez o homem ereto, e deseja que ele possua não somente o benefício físico, mas também o mental e moral, a graça, a dignidade, compostura, ânimo e confiança em si, que uma atitude ereta em tão grande maneira tende a promover. Dê o professor instruções neste ponto pelo exemplo e por preceitos. Mostre o que é uma posição correta e insista em que ela seja mantida. -- Educação, 198. A respiração e a cultura da voz OC 237 1 A seguir em importância à posição correta, estão a respiração e a cultura da voz. Aquele que senta ou fica em pé, com o corpo direito, está em melhor condição do que outros, para respirar convenientemente. O professor deve impressionar seus alunos com a importância da respiração profunda. OC 237 2 Mostre como a salutar ação dos órgãos respiratórios, auxiliando a circulação do sangue, revigora o organismo todo, estimula o apetite, promove a digestão, e leva a conciliar um sono profundo e agradável, desta maneira não somente refrigerando o corpo, mas também acalmando e tranqüilizando o espírito. E ao ser apresentada a importância da respiração profunda, deve insistir-se na prática. Dêem-se exercícios que a promovam e cuide-se de que fique estabelecido o hábito. OC 237 3 A educação da voz ocupa um lugar importante na cultura física, visto que ela tende a expandir e fortalecer os pulmões, e desta maneira afastar as moléstias. Para se conseguir correta expressão na leitura e na fala, faça-se com que os músculos abdominais desempenhem papel amplo na respiração, e que os órgãos respiratórios não fiquem constrangidos. Que a tensão sobrevenha aos músculos do abdômen, em vez de aos da garganta. Grande cansaço e séria enfermidade da garganta e pulmões podem-se assim evitar. Deve prestar-se cuidadosa atenção para se obter uma articulação distinta, sons macios e bem modulados, e uma enunciação não demasiado rápida. Isso não somente promoverá saúde, mas aumentará grandemente a suavidade e eficiência do trabalho do estudante. -- Educação, 198, 199. Três coisas essenciais para a felicidade da família OC 237 4 No estudo da higiene, o professor ardoroso aproveitará todas as oportunidades para mostrar a necessidade de perfeita higiene tanto nos hábitos pessoais como no ambiente. Deve ser encarecido o valor do banho diário para promover a saúde e estimular a ação mental. Deve-se também conceder atenção à luz solar e à ventilação, à higiene do quarto de dormir e da cozinha. Ensinai aos alunos que um quarto de dormir saudável, uma cozinha perfeitamente limpa, uma mesa arranjada com gosto e suprida de alimentos saudáveis, farão mais no sentido de conseguir a felicidade da família e a consideração de todo visitante sensato, do que o faria qualquer porção de mobília dispendiosa na sala de visitas. Que "mais é a vida do que o sustento, e o corpo, mais do que as vestes" (Lucas 12:23) é uma lição não menos necessitada hoje do que quando foi dada pelo divino Mestre, há 1.800 anos. -- Educação, 200. Compreender os remédios da natureza OC 238 1 Ar puro, luz solar, abstinência, repouso, exercício, regime conveniente, uso de água e confiança no poder divino -- eis os verdadeiros remédios. Toda pessoa deve possuir conhecimentos dos meios terapêuticos naturais, e da maneira de os aplicar. É essencial tanto compreender os princípios envolvidos no tratamento do doente como ter um preparo prático que habilite a empregar devidamente esse conhecimento. OC 238 2 O uso dos remédios naturais requer certo cuidado e esforço que muitos não estão dispostos a exercer. O processo da natureza para curar e construir é gradual, e isso parece vagaroso ao impaciente. Demanda sacrifício e abandono das nocivas condescendências. Mas no fim se verificará que a natureza, não sendo estorvada, faz seu trabalho sabiamente e bem. Aqueles que perseveram na obediência a suas leis, ganharão em saúde de corpo e de alma. -- A Ciência do Bom Viver, 127. Um código amplo OC 238 3 Em relação àquilo que podemos fazer por nós mesmos, há um ponto que requer cuidadosa, meditada consideração. Preciso familiarizar-me comigo mesmo. Preciso ser sempre um estudioso de como cuidar deste edifício, o corpo que Deus me deu, de modo que o preserve nas melhores condições de saúde. Preciso alimentar-me com aquilo que for para o meu melhor bem fisicamente, e devo tomar especial cuidado em vestir-me de tal modo que promova uma saudável circulação do sangue. Não devo privar-me de exercício e ar. Devo desfrutar toda a luz solar que me for possível. Devo ter sabedoria para ser um fiel guarda de meu corpo. OC 238 4 Eu estaria fazendo uma coisa muito pouco sábia se entrasse num quarto frio quando estou transpirando; estaria me mostrando um mordomo imprudente se me permitisse sentar-me onde houvesse uma corrente de ar, e assim expor-me a um resfriado. Eu não seria sábio se me sentasse com os pés e membros frios, e assim permitisse que o sangue afluísse das extremidades para o cérebro ou para os órgãos internos. Devo proteger sempre os meus pés em tempo frio. Devo comer regularmente do mais saudável alimento, que me proporcione a melhor qualidade de sangue, e não devo trabalhar com intemperança, se estiver em meu poder evitá-lo. E quando violo as leis que Deus estabeleceu em meu ser, devo arrepender-me e reformar-me na mais favorável condição, sob o cuidado dos médicos providos por Deus: ar puro, água pura, e a preciosa e restauradora luz solar. -- Medicina e Salvação, 230. Individualmente responsáveis para com Deus OC 239 1 Nosso corpo é a possessão adquirida de Cristo, e não nos achamos na liberdade de fazer com ele o que nos apraz. Todos quantos compreendem as leis da saúde devem reconhecer sua obrigação de obedecer a essas leis, estabelecidas por Deus em nosso ser. A obediência às leis da saúde deve ser considerada questão de dever pessoal. Nós mesmos temos de sofrer os resultados da lei violada. Cumpre-nos responder individualmente a Deus por nossos hábitos e práticas. Portanto, a questão quanto a nós não é: "Qual é o costume do mundo?" mas: "De que maneira eu, como indivíduo, tratarei a habitação que Deus me deu?" -- A Ciência do Bom Viver, 310. ------------------------Capítulo 61 -- A dona-de-casa na cozinha A elevada vocação da dona-de-casa OC 239 2 Não pode haver emprego mais importante que os trabalhos domésticos. Cozinhar bem, pôr à mesa alimentos saudáveis de maneira atrativa, requer inteligência e experiência. A pessoa que prepara o alimento que deve ir para o nosso estômago, e se converter em sangue que nutra o organismo, desempenha uma missão muito importante e elevada. -- Testimonies for the Church 3:158. OC 240 1 É essencial a toda a jovem familiarizar-se completamente com os deveres de cada dia. Sendo necessário, uma jovem pode dispensar os conhecimentos de francês ou álgebra, ou mesmo de piano; mas é indispensável que aprenda a preparar bom pão, confeccionar vestidos graciosamente adaptados, e executar com eficiência os muitos deveres referentes ao lar. OC 240 2 Nada é de maior importância para a saúde e felicidade da família toda do que a habilidade e inteligência por parte de quem cozinha. Pelo alimento mal preparado e insalubre, pode-se impedir e mesmo arruinar não somente a utilidade dos adultos como também o desenvolvimento das crianças. Provendo, porém, alimento adaptado às necessidades do corpo, e ao mesmo tempo apetitoso e saboroso, poderá fazer tanto no sentido bom, quanto faria em direção errada, agindo contrariamente. Assim, de muitas maneiras, a felicidade da vida liga-se à fidelidade para com os deveres comuns. -- Educação, 216. Cozinhar é uma arte essencial OC 240 3 A ciência culinária não é de pequena importância. ... Essa arte deve ser considerada como a mais valiosa de todas as artes, visto se achar tão ligada com a vida. Ela deve receber mais atenção; pois para formar bom sangue, o organismo necessita de bom alimento. O fundamento daquilo que conserva o povo com boa saúde é a obra médico-missionária da boa cozinha. OC 240 4 Muitas vezes a reforma de saúde é tornada deforma-saúde em razão do preparo de comida intragável. A falta de conhecimento relativamente à cozinha saudável precisa ser remediada antes de a reforma de saúde chegar a ser bem-sucedida. OC 240 5 Poucas são as boas cozinheiras. Muitas, muitas mães necessitam tomar lições de cozinha, a fim de poderem pôr diante da família alimento bem preparado e corretamente servido. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 263. Tornando-se hábil na arte OC 240 6 Freqüentemente nossas irmãs não sabem cozinhar. A estas eu diria: Eu iria à melhor cozinheira que se pudesse encontrar no país e ali permaneceria, se necessário, por semanas, até que me tornasse mestre na arte -- uma inteligente e hábil cozinheira. Assim faria eu se tivesse uns quarenta anos. É vosso dever saber cozinhar, da mesma maneira que é um dever ensinar vossas filhas a fazê-lo. -- Testemunhos Selectos 1:191. Estudar e praticar OC 241 1 O alimento pode ser preparado de maneira simples e saudável, mas requer habilidade torná-lo tanto saboroso como nutritivo. Para aprender a cozinhar, devem as senhoras estudar e então pacientemente pôr em prática o que aprenderam. O povo sofre porque não quer ter o trabalho de fazer isso. Aos tais eu digo: É tempo de despertardes vossas energias dormentes e vos informar. Não penseis que é tempo perdido o que é dedicado à obtenção de amplo conhecimento e experiência no preparo de alimentos saudáveis e saborosos. Não importa quão longa seja a vossa experiência em cozinhar; se ainda tendes as responsabilidades de uma família, é vosso dever aprender a cuidar dela devidamente. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 49. Variedade e simplicidade são essenciais OC 241 2 O cardápio deve ser variado. Os mesmos pratos preparados da mesma maneira não devem aparecer à mesa refeição após refeição, dia após dia. O alimento é tomado com mais prazer, e o organismo mais bem nutrido, quando é variado. -- A Ciência do Bom Viver, 300. OC 241 3 Nosso corpo é constituído do que comemos; e, para fazer tecido de boa qualidade, devemos ter a qualidade própria de alimento, e este deve ser preparado com tal habilidade que melhor se adapte às necessidades do organismo. É dever religioso dos que cozinham aprender a preparar alimento saudável de modo variado, para que tanto seja apetitoso como bom para a saúde. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 48, 49. OC 241 4 Mesmo na mesa, os arranjos, a moda e a ostentação exercem sua perniciosa influência. O preparo saudável do alimento se torna questão secundária. Servir uma grande variedade de pratos absorve o tempo, o dinheiro e trabalho exaustivo, sem realizar qualquer bem. Pode ser elegante ter meia dúzia de pratos à refeição, mas o costume é funesto para a saúde. É uma moda que os homens e mulheres sensatos devem condenar, tanto por preceito como pelo exemplo. ... Quanto melhor seria para a saúde da família se o preparo da mesa fosse mais simples. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 73. Resultados da má cozinha OC 241 5 A má cozinha está minando as energias vitais de milhares. Mais pessoas se perdem por essa causa do que muitos reconhecem. Ela desarranja o organismo e produz doenças. Na condição assim produzida, não se podem discernir prontamente as coisas celestiais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 49. OC 242 1 A comida deficiente, mal cozida, estraga o sangue, por enfraquecer os órgãos que o preparam. Isso afeta o organismo, trazendo doenças, com seu cortejo de nervos irritados e mau gênio. As vítimas da deficiência culinária contam-se aos milhares e dezenas de milhares. Sobre muitos túmulos se poderia gravar: "Morto devido à má cozinha"; "morto por maus-tratos infligidos ao estômago". -- A Ciência do Bom Viver, 302. Ensinar os filhos a cozinhar OC 242 2 Não negligencieis ensinar vossos filhos a cozinhar. Assim fazendo, comunicais-lhes princípios que precisam possuir em sua educação religiosa. Ao dardes a vossos filhos lições de fisiologia, e ensinar-lhes a cozinhar com simplicidade e todavia com habilidade, estais pondo o fundamento para os mais úteis ramos de educação. Fazer pão leve e bom requer habilidade. Há religião em cozinhar bem, e ponho em dúvida a religião dos que são demasiado ignorantes e descuidosos para aprender a cozinhar. -- Testimonies for the Church 2:537. Instruí-los paciente e alegremente OC 242 3 As mães devem levar as filhas consigo para a cozinha quando ainda muito novas, e ensinar-lhes a arte de cozinhar. Não pode a mãe esperar que as filhas compreendam os mistérios dos cuidados domésticos sem instrução. Deve instruí-las paciente e amavelmente, tornando o trabalho tão agradável quanto possa, pelo seu semblante alegre e palavras encorajadoras de aprovação. -- Testimonies for the Church 1:684. OC 242 4 Se falham uma, duas ou três vezes, não as censureis. Já o desânimo está fazendo a sua obra, e tentando-as a dizer: "Não adianta; não posso fazer." Não é esse o tempo para censurar. A vontade está se enfraquecendo. Precisa do estímulo de palavras encorajadoras, alegres e esperançosas, como: "Não se importe com os erros que cometeu. Você é apenas uma aprendiz, e tem de esperar fazer disparates. Experimente de novo. Concentre-se no que está fazendo. Seja muito cuidadosa e certamente terá êxito". -- Testimonies for the Church 1:684, 685. Como podem o interesse e o ardor diminuir OC 242 5 Muitas mães não reconhecem a importância desse ramo de conhecimento; e, para não terem o trabalho de instruir os filhos e lidar com suas falhas e erros enquanto aprendem, preferem fazer tudo elas mesmas. E quando as filhas fracassam em seus esforços, mandam-nas embora com um: "Não adianta; você não pode fazer isto ou aquilo. Você me perturba e atrapalha mais do que me ajuda." OC 243 1 Assim são repelidos os primeiros esforços do aprendiz, e o primeiro fracasso de tal maneira lhes esfria o interesse e o ardor de aprender, que receiam outra tentativa, e se proporão costurar, fazer tricô, limpar a casa, tudo, menos cozinhar. Aí comete a mãe uma grande falta. Devê-las-ia ter instruído pacientemente, para que pudessem, pela prática, obter uma experiência que removesse a inércia e reparasse os movimentos desajeitados da inexperiente obreira. -- Testimonies for the Church 1:685. O preparo mais necessário que uma moça pode fazer OC 243 2 As moças devem ser plenamente instruídas na cozinha. Sejam quais forem suas circunstâncias na vida, eis um conhecimento que pode ser adaptado à vida prática. É um ramo de educação que tem a mais direta influência sobre a vida humana, especialmente a dos considerados mais queridos. -- Testimonies for the Church 1:683, 684. OC 243 3 Eu prezo minha costureira, dou valor à minha secretária; mas minha cozinheira, que sabe preparar bem o alimento para sustentar a vida e nutrir o cérebro, os ossos e músculos, ocupa o mais importante lugar entre os auxiliares em minha família. -- Testemunhos Selectos 1:191. OC 243 4 As jovens entendem ser coisa servil cozinhar e fazer outros serviços domésticos; e, por isso, muitas meninas que se casam e têm cuidado de família pouca idéia possuem dos deveres que recaem sobre a esposa e mãe. -- A Ciência do Bom Viver, 302. Levantar barreira contra a loucura e o vício OC 243 5 Quando lhes estais ensinando [às vossas filhas], a arte de cozinhar, estais levantando ao seu redor uma barreira que as preservará da loucura e do vício a que, de outro modo, serão tentadas a entregar-se. -- Testemunhos Selectos 1:190. Homens e mulheres devem aprender a cozinhar OC 243 6 Os homens, bem como as mulheres, precisam entender do simples e saudável preparo do alimento. Seus negócios os chamam muitas vezes aonde não conseguem obter comida saudável; se possuem alguns conhecimentos da arte culinária, poderão então empregá-los bem. -- A Ciência do Bom Viver, 323. OC 243 7 Tanto aos moços como às moças deve ser ensinado a cozinhar economicamente, e a dispensar, na alimentação, qualquer artigo cárneo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 313. Estudar economia, evitar o desperdício OC 244 1 Em todo ramo de cozinha a questão a ser considerada é: "Como preparar a comida pela maneira mais natural e menos dispendiosa?" E deve haver atento cuidado para que os restos do alimento que sobram da mesa não sejam desperdiçados. Refleti na maneira de fazer com que essas sobras não se percam. Essa habilidade, economia e tato equivalem a uma fortuna. Nas partes mais quentes da estação, preparai menos comida. Usai mais substâncias secas. Há muitas famílias pobres que, se bem que mal tenham o suficiente para comer, podem muitas vezes ser esclarecidas quanto à razão de serem pobres; há tantos jotas e tis desperdiçados! -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 258. Sérias questões para refletir OC 244 2 "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Assim fazeis ao preparar o alimento para vossa mesa, e chamar a família a dele partilhar? Colocais diante de vossos filhos apenas o que sabeis que vai produzir o melhor sangue? É a espécie de alimento que lhes manterá o organismo na condição menos febril possível? É aquele que os colocará na melhor relação para com a vida e a saúde? É essa comida que estais pensando colocar diante de vossos filhos? Ou, sem consideração para com o seu bem futuro, vós lhes forneceis alimentação nociva, estimulante, própria a causar irritação? -- Testemunhos Selectos 1:186. ------------------------Capítulo 62 -- Comer para viver Deus determinou as inclinações e apetites OC 244 3 Nossas inclinações e apetites naturais... foram divinamente providos; e, ao serem dados ao homem, eram puros e santos. Era o desígnio de Deus que a razão governasse os apetites, e que eles servissem a nossa felicidade. E quando eles são regulados e controlados por uma razão santificada, são santidade ao Senhor. -- Temperança, 12. O objetivo da solicitude divina OC 245 1 A educação dos israelitas incluía todos os seus hábitos de vida. Tudo que dizia respeito a seu bem-estar foi objeto da solicitude divina, e constituiu assunto da divina legislação. Mesmo na provisão de seu alimento, Deus procurou o seu maior benefício. O maná com que Ele os alimentava no deserto era de natureza a promover força física, mental e moral. ... Apesar das dificuldades de sua vida no deserto, ninguém havia fraco em todas as suas tribos. -- Educação, 38. Formado do alimento que comemos OC 245 2 Nosso corpo é formado pela comida que ingerimos. Há constante desgaste dos tecidos do corpo; todo o movimento de qualquer ordem implica um desgaste, o qual é reparado por meio do alimento. Cada órgão do corpo requer sua parte de nutrição. O cérebro deve ser abastecido com sua porção; os ossos, os músculos e os nervos requerem a sua. Maravilhoso é o processo que transforma a comida em sangue, e se serve desse sangue para restaurar as várias partes do organismo; mas esse processo está prosseguindo continuamente, suprindo a vida e a força a cada nervo, cada músculo e tecido. -- A Ciência do Bom Viver, 295. Começar com a alimentação correta do bebê OC 245 3 Mal se pode apreciar a importância de habituar bem as crianças quanto a um saudável regime alimentar. As crianças devem aprender que têm de comer para viver, e não viver para comer. Esses hábitos devem começar a ser implantados já na criança de braço. Ela só deve tomar alimentos a intervalos regulares, e menos freqüentemente à medida que vai tendo mais idade. Não convém dar-lhes doces ou comidas dos adultos, que é incapaz de digerir. O cuidado e a regularidade na alimentação dos pequeninos não somente promovem a saúde, tendendo assim a torná-los sossegados e mansos, mas lançarão o fundamento para os hábitos que lhes serão uma bênção nos anos posteriores. -- A Ciência do Bom Viver, 383. Educar os gostos e o apetite OC 245 4 Ao saírem as crianças da primeira infância, deve-se exercer grande cuidado em educar-lhes os gostos e o apetite. Muitas vezes se lhes permite que comam o que preferem, e quando o entendam, sem se tomar em consideração a saúde. Os esforços e o dinheiro desperdiçados freqüentemente em petiscos levam as crianças a pensar que o primeiro objetivo na vida, ou o que maior soma de felicidade proporciona, é poder-se satisfazer o apetite. O resultado é a gula, vindo depois a doença. ... OC 246 1 Os pais devem educar o apetite dos filhos, não lhes permitindo também comerem coisas que prejudiquem a saúde. -- A Ciência do Bom Viver, 384. A influência do regime alimentar OC 246 2 As mães que satisfazem os desejos dos filhos com prejuízo da saúde e de uma disposição feliz estão lançando sementes daninhas que hão de germinar e dar fruto. A condescendência consigo mesmos cresce com os pequenos, e tanto o vigor físico como o mental são por essa forma sacrificados. As mães que assim fazem ceifam com amargura a semente que semearam. Vêem os filhos crescerem, tanto mentalmente, como no que respeita ao caráter, incapazes para desempenhar um papel nobre e útil na família e na sociedade. As faculdades espirituais, mentais e físicas sofrem sob a influência de uma alimentação não saudável. A consciência fica entorpecida, e diminui de suscetibilidade às boas impressões. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 230. Escolher os melhores alimentos OC 246 3 A fim de saber quais são os melhores alimentos, cumpre-nos estudar o plano original de Deus para o regime do homem. Aquele que criou o homem e lhe compreende as necessidades, designou a Adão o que devia comer. ... Cereais, frutas, nozes e verduras constituem o regime dietético escolhido por nosso Criador. -- A Ciência do Bom Viver, 295, 296. Preparar de modo simples e apetitoso OC 246 4 Deus proveu o homem com abundantes meios para a satisfação de apetite não pervertido. Diante dele o Senhor espalhou os produtos da terra, uma generosa variedade de alimentos saudáveis ao gosto e nutritivos para o organismo. Deles diz nosso benevolente Pai celestial que podemos comer livremente. Frutas, cereais e verduras, preparados de maneira simples, isentos de condimento e de gordura de qualquer espécie, juntamente com leite ou nata fazem o mais saudável regime. Comunicam nutrimento ao corpo, e dão capacidade de resistência e vigor de intelecto que não são produzidos por regime estimulante. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 92. O apetite não é guia seguro OC 246 5 Deve-se escolher o alimento que melhor proveja os elementos necessitados para a edificação do organismo. Nessa escolha, não é guia seguro o apetite. Mediante hábitos errôneos de comer, o apetite se tornou pervertido. Muitas vezes exige alimento que prejudica a saúde e a enfraquece em lugar de fortalecê-la. ... A doença e o sofrimento que por toda a parte dominam, são em grande parte devidos a erros populares com referência ao regime alimentar. -- A Ciência do Bom Viver, 295. Crianças que seguiram um apetite não educado OC 247 1 Enquanto viajava, ouvi pais dizerem que o apetite de seus filhos era delicado e, a menos que tivessem carne e bolo, não comiam. Ao ser tomada a refeição do meio-dia, observei a qualidade de alimento dada a esses filhos. Era pão branco de trigo, fatias de presunto cobertas de pimenta-do-reino, picles condimentados, bolo e conservas. As faces pálidas e doentias daquelas crianças bem indicavam os insultos que o estômago sofria. Duas dessas crianças observaram as crianças de outra família a comerem queijo juntamente com sua comida, e perderam o apetite para o que tinham ante si, até que a condescendente mãe pediu encarecidamente um pedaço daquele queijo para lhos dar, temendo que os queridos filhos deixassem de tomar a refeição. Observou a mãe: Meus filhos gostam tanto disto ou daquilo, e eu lhes dou o que querem, pois o paladar pede as espécies de alimento que o organismo requer! OC 247 2 Isso poderia ser correto se o paladar não tivesse nunca sido pervertido. Há apetite natural e apetite depravado. Os pais que toda a vida ensinaram os filhos a tomarem alimento insalubre e estimulante, até que o apetite se perverteu, e eles então desejam comer barro, giz, café queimado, borra de chá, canela, cravo e condimentos, não poderão alegar que o apetite pede aquilo que o organismo requer. O apetite foi educado falsamente, até que ficou depravado. Os finos tecidos do estômago foram estimulados e inflamados, até terem perdido sua delicada sensibilidade. O alimento simples e saudável parece-lhes insípido. O estômago, abusado, não efetua a obra que lhe é dada, a menos que a isso seja forçado pelos alimentos mais estimulantes. Se esses filhos tivessem sido educados, desde a infância, a só tomarem alimento saudável, preparado da maneira mais simples, conservando o mais possível suas propriedades naturais, e evitassem os alimentos cárneos, gordura e toda espécie de condimentos, seu paladar e apetite não sofreriam prejuízo. Em seu estado natural, poderia indicar, em grande proporção, o alimento melhor adaptado às necessidades do organismo. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 239. O que dizer do alimento cárneo? OC 247 3 Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde são comuns as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. Fui instruída que a alimentação de carne tende a embrutecer a natureza e a privar os homens daquele amor e simpatia que devem sentir uns pelos outros, dando aos instintos baixos o domínio sobre as faculdades superiores do ser. Se a alimentação de carne foi saudável algum dia, é perigosa agora. -- Testemunhos Selectos 3:359. Razões para dispensar alimentos cárneos OC 248 1 Os que se alimentam de carne não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa aos que os ingerem. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso! OC 248 2 A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as moléstias nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Freqüentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, repeli-la-iam enojados. O povo come continuamente carne cheia de micróbios de tuberculose e câncer. Assim são transmitidas essas e outras moléstias. -- A Ciência do Bom Viver, 313. Os efeitos não são imediatamente reconhecidos OC 248 3 Os efeitos do regime cárneo podem não ser imediatamente experimentados, isso, porém, não é nenhuma prova de que não seja nocivo. A poucas pessoas se pode fazer ver que é a carne que ingerem o que lhes tem envenenado o sangue e ocasionado sofrimentos. Muitos morrem de moléstias inteiramente devidas ao uso da carne, ao passo que a verdadeira causa não é suspeitada nem por eles nem pelos outros. -- A Ciência do Bom Viver, 315. Voltar ao regime alimentar sadio original OC 248 4 Não é tempo de que todos visem dispensar a carne na alimentação? Como podem aqueles que estão buscando tornar-se puros, refinados e santos a fim de poderem fruir a companhia dos anjos celestes, continuar a usar como alimento qualquer coisa que exerça tão nocivo efeito na alma e no corpo? Como podem eles tirar a vida às criaturas de Deus, a fim de consumirem a carne como uma iguaria? Volvam eles antes à saudável e deliciosa comida dada ao homem no princípio. -- A Ciência do Bom Viver, 317. A atitude dos que aguardam a vinda de Cristo OC 249 1 Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, o comer carne será afinal abandonado; a carne deixará de fazer parte de sua alimentação. Devemos ter sempre isso em vista, e esforçar-nos por trabalhar firmemente nessa direção. Não posso pensar que, nessa prática de comer carne, estejamos em harmonia com a luz que Deus nos têm dado. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 380, 381. Retorno ao desígnio de Deus OC 249 2 Repetidamente tem-se-me mostrado que Deus está trazendo de volta o Seu povo ao Seu desígnio original, isto é, que ele não dependa da carne de animais mortos. Ele gostaria que ensinássemos ao povo um caminho melhor. ... Se a carne for abandonada, se o gosto não for estimulado nessa direção, se a apreciação por frutas e cereais for encorajada, logo será como Deus desejou que fosse no início. Nenhuma carne será usada por Seu povo. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 82. Instrução sobre a mudança de regime alimentar OC 249 3 É um erro supor que a força muscular depende do uso de alimento animal. As necessidades do organismo podem ser melhor supridas, e mais vigorosa saúde se pode desfrutar, deixando de usá-lo. Os cereais, com frutas, nozes e verduras, contêm todas as propriedades nutritivas necessárias a formar um bom sangue. Esses elementos não são tão bem ou tão plenamente supridos pelo regime cárneo. Houvesse o uso da carne sido essencial à saúde e à força, e o alimento animal haveria sido incluído no regime do homem desde o princípio. OC 249 4 Quando se deixa o uso da carne, há muitas vezes uma sensação de fraqueza, uma falta de vigor. Muitos alegam isso como prova de que a carne é essencial; mas é devido a ser o alimento dessa espécie estimulante, a deixar o sangue febril e os nervos incitados, que assim se lhes sente a falta. Alguns acham tão difícil deixar de comer carne, como é ao bêbado o abandonar a bebida; mas se sentirão muito melhor com a mudança. OC 249 5 Quando se abandona a carne, deve-se substituí-la com uma variedade de cereais, nozes, verduras e frutas, os quais serão a um tempo nutritivos e apetitosos. Isso se necessita especialmente no caso de pessoas fracas, ou carregadas de contínuo labor. -- A Ciência do Bom Viver, 316. Substitutos bem preparados OC 249 6 Especialmente onde a carne não é o principal artigo de alimentação, cozinhar bem é um requisito essencial. Algo deve ser preparado para substituir a carne. E esses substitutos da carne devem ser bem preparados, para que ela não seja desejada. -- Carta 60a, 1896. OC 250 1 Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago não o aceita, e depois me disseram que a reforma de saúde não lhes vai bem; que estavam enfraquecendo. Aí está uma razão por que alguns não foram bem-sucedidos em seus esforços para simplificar a comida. Usam um regime sem nutrição. A comida é preparada sem capricho, e comem continuamente a mesma coisa. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas todas as refeições não devem constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia com tal primor que desperte o apetite. -- Testemunhos Selectos 1:194, 195. Vencendo um apetite fora do natural OC 250 2 As pessoas que se têm habituado a um regime muito condimentado, altamente estimulante, têm um gosto não natural, e não podem logo apreciar o alimento simples. Levará tempo até que o gosto se torne natural, e o estômago se recupere do abuso sofrido. Mas os que perseveram no uso do alimento saudável, depois de algum tempo, o acharão agradável ao paladar. Seu delicado e delicioso sabor será apreciado, e será ingerido com maior satisfação do que se pode encontrar em nocivas iguarias. E o estômago, numa condição saudável, nem febril nem sobrecarregado, está apto a desempenhar mais facilmente sua tarefa. -- A Ciência do Bom Viver, 298, 299. Alimentação saudável não é sacrifício OC 250 3 Ao passo que se ensinam as crianças a dominarem o apetite, e comerem segundo as leis da saúde, convém fazê-las compreender que se estão privando apenas daquilo que lhes seria prejudicial. Rejeitam coisas nocivas por outras melhores. Que a mesa seja convidativa e atraente, sendo provida das boas coisas que Deus tão generosamente nos proporcionou. -- A Ciência do Bom Viver, 385. Considerar a estação, o clima, a ocupação OC 250 4 Nem todas as comidas saudáveis em si mesmas são igualmente adequadas a nossas necessidades em todas as circunstâncias. Deve haver cuidado na seleção do alimento. Nossa comida deve ser de acordo com a estação, o clima em que vivemos, e a ocupação em que nos empregamos. Certas comidas, apropriadas para uma estação ou um clima, não o são para outro. Assim há diferentes comidas mais adequadas às pessoas segundo as várias ocupações. Muitas vezes, alimentos que podem ser usados com proveito, por pessoas que se empenham em árduo labor físico, não são próprios para as de trabalho sedentário, ou de intensa aplicação mental. Deus nos tem dado ampla variedade de comidas saudáveis, e cada pessoa deve escolher dentre elas aquelas que a experiência e o são juízo demonstram ser as mais convenientes às suas próprias necessidades. -- A Ciência do Bom Viver, 296, 297. Preparar o alimento com inteligência e habilidade OC 251 1 É pecado comer apenas para satisfazer o apetite, mas não se deve ser indiferente quanto à qualidade da comida, ou à maneira de a prepará-la. Se a comida que comemos não é saborosa, o organismo não recebe tanta nutrição. O alimento deve ser cuidadosamente escolhido e preparado com inteligência e habilidade. -- A Ciência do Bom Viver, 300. Qualquer coisa serve para a família? OC 251 2 Em muitas famílias, fazem-se grandes preparos para as visitas. Grande variedade de alimento é preparado para a mesa. Essa refeição tenta os que não estão acostumados a tal variedade de alimento extravagante. OC 251 3 Sei do procedimento seguido por alguns dos que fazem esses preparos extras para as visitas. Em sua própria família, não observam regularidade. As refeições são preparadas para atender à conveniência da esposa e mãe. A felicidade do marido e dos filhos não é estudada. Embora se faça essa ostentação para as visitas, qualquer coisa é considerada suficientemente boa para "nós somente". Uma mesa contra a parede, sobre ela uma refeição fria, sem algum esforço para torná-la convidativa, é o que freqüentemente se vê. "Somente para nós", dizem eles. "Qualquer coisa serve para a família." Manuscrito 1, 1876. A hora da refeição: agradável ocasião social OC 251 4 A hora da refeição deve ser uma oportunidade para comunhão e refrigério social. Tudo que possa acabrunhar ou irritar deve ser banido. Acariciem-se pensamentos de confiança, afabilidade, gratidão para com o Doador de todo o bem, e a conversa será animada. Será uma torrente deleitável de idéias que nos reerguerá sem que nos canse. -- Educação, 206. OC 251 5 A mesa não é um lugar em que a rebelião deva ser cultivada nos filhos por alguma atitude irrazoável seguida pelos pais. Toda a família deve comer com alegria, com gratidão, lembrando-se de que os que amam e obedecem a Deus participarão da ceia nupcial do Cordeiro no reino de Deus, e de que Jesus mesmo os servirá. -- Carta 19, 1892. Regularidade nas refeições OC 252 1 A irregularidade na alimentação arruína a saúde dos órgãos digestivos, com detrimento da saúde em geral, e da alegria. -- A Ciência do Bom Viver, 384. OC 252 2 Em caso algum devem as refeições ser irregulares. Se se faz o almoço uma ou duas horas antes do tempo usual, o estômago não está preparado para o novo encargo, pois não dispôs do alimento tomado na refeição anterior, e não possui força vital para novo trabalho. Assim o organismo é sobrecarregado. OC 252 3 Tampouco devem as refeições ser retardadas uma ou duas horas, para se acomodarem às circunstâncias, ou para se poder terminar certa porção de trabalho. O estômago pede alimento na ocasião em que está acostumado a recebê-lo. Retardado esse tempo, diminui a vitalidade do organismo, alcançando afinal um nível tão baixo que o apetite desaparece inteiramente. Se é tomado alimento então, o estômago acha-se incapaz de cuidar dele devidamente. O alimento não pode ser convertido em sangue bom. OC 252 4 Se todos comessem em períodos regulares, não provando coisa alguma entre as refeições, estariam dispostos para suas refeições, encontrando no comer uma satisfação que lhes recompensaria o esforço. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 179. Ensinar as crianças quando, como e o que comer OC 252 5 As crianças geralmente não são instruídas quanto à importância de quando, como e o que devem comer. É-lhes permitido condescender livremente com os seus gostos, comer a todas as horas, servir-se de frutas quando elas lhes tentam a vista; e assim, com a torta, o bolo, o pão com manteiga e doces, comidos quase que constantemente, tornam-se gulosas e dispépticas. Como um moinho que é continuamente conservado girando, os órgãos digestivos tornam-se enfraquecidos, as forças vitais são atraídas do cérebro para ajudar o estômago em seu trabalho demasiado e assim as faculdades mentais são enfraquecidas. O estímulo fora do natural e o desgaste das forças vitais tornam-nas nervosas, impacientes ante a restrição, obstinadas e irritadiças. Dificilmente nelas se pode confiar quando estão fora das vistas dos pais. Em muitos casos, as energias morais parecem amortecidas. É difícil despertá-las a um senso da vergonhosa e triste natureza do pecado; facilmente deslizam para os hábitos de prevaricação, engano, e freqüentemente, aberta mentira. OC 252 6 Os pais deploram essas coisas nos filhos, mas não reconhecem que foi a sua própria má direção que trouxe à tona o mal. Não viram a necessidade de restringir os apetites e paixões dos filhos, e estes têm crescido e se fortalecido com o correr dos anos. As mães preparam com as próprias mãos e colocam diante dos filhos um alimento que tende a prejudicá-los física e mentalmente. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Nunca comer entre as refeições OC 253 1 O estômago precisa receber cuidadosa atenção. Não deve ser mantido em trabalho constante. Dai a esse maltratado e muito abusado órgão alguma paz, sossego e descanso. ... OC 253 2 Tomada a refeição regular, deve-se permitir ao estômago um descanso de cinco horas. Nenhuma partícula de alimento deve ser introduzida no estômago até a próxima refeição. Nesse intervalo, o estômago efetuará sua obra, estando então em condições de receber mais alimento. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 173, 179. OC 253 3 As mães cometem um grande erro ao lhes permitirem [aos filhos] comer entre as refeições. O estômago é desarranjado por essa prática, lançando-se o fundamento de sofrimentos futuros. Sua irritação pode ter sido causada por alimento que não é saudável, ainda indigesto; mas a mãe acha que não deve tomar tempo para raciocinar sobre a questão, e corrigir sua direção prejudicial. Tampouco pode parar a fim de lhes aliviar a impaciente preocupação. Dá aos pequenos sofredores um pedaço de bolo ou alguma outra guloseima para aquietá-los, mas isso só lhes aumenta o mal. ... OC 253 4 Freqüentemente as mães queixam-se da saúde delicada dos filhos, e consultam ao médico; quando, se apenas exercessem um pouco de bom senso, veriam que a dificuldade é causada pelos erros no regime alimentar. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 61. Pequenas refeições tarde da noite:hábito pernicioso OC 253 5 Outro hábito prejudicial é o de tomar alimento exatamente antes de dormir. Pode-se haver tomado as refeições regulares mas, por sentir-se uma sensação de fraqueza, ingere-se mais alimento. Mediante a condescendência, essa prática errônea se torna um hábito, e tantas vezes tão firmemente fixado, que se julga impossível dormir sem comer. Em resultado de tomar ceias tardias, o processo digestivo é continuado através do período de repouso. Mas se bem que o estômago trabalhe constantemente, sua função não é bem feita. O sono é mais vezes perturbado por sonhos desagradáveis, e pela manhã a pessoa acorda sem se haver descansado, e com pouco apetite para a refeição matinal. Quando nos deitamos para repousar, o estômago já devia ter concluído a sua obra, a fim de, como os demais órgãos do corpo, fruir repouso. Para as pessoas de hábitos sedentários, as ceias tarde da noite são particularmente nocivas. Para essas, as desordens criadas são geralmente o começo de moléstias que findam na morte. -- A Ciência do Bom Viver, 303, 304. Uma mãe advertida de que o desjejum é importante OC 254 1 Vossa filha tem um temperamento nervoso, e seu regime alimentar deve ser cuidadosamente observado. Não lhe deve ser permitido escolher o alimento que lhe satisfaça o gosto sem proporcionar a devida nutrição. Nunca deixeis que vá de casa para a escola sem o desjejum. ... Não vos aventureis a dar asas às vossas inclinações nessa questão. Colocai-vos inteiramente sob a direção de Deus, e Ele vos ajudará a trazer todos os vossos desejos em harmonia com os Seus reclamos. -- Carta 69, 1896. OC 254 2 É costume e norma da sociedade tomar um desjejum leve. Mas não é essa a melhor maneira de tratar o estômago. Na ocasião do desjejum, o estômago está em melhores condições de cuidar de mais alimento do que na segunda ou terceira refeição do dia. O hábito de tomar um desjejum insuficiente e um lauto jantar é errado. Fazei vosso desjejum corresponder mais aproximadamente à refeição mais liberal do dia. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 173. Prover com abundância os melhores alimentos OC 254 3 As crianças e jovens não devem ser subalimentados no mínimo que seja; devem ter fartura de alimento saudável; não quer isso, porém, significar que seja conveniente colocar diante deles finos bolos e pastelarias. Devem ter o melhor exercício e o melhor alimento, pois estes exercem importante influência sobre a condição das faculdades mentais e morais. Um regime alimentar próprio e saudável será um dos meios pelo qual poderá ser preservada a boa digestão. -- Carta 19, 1892. Participar dessa moderação OC 254 4 Freqüentemente os pais cometem um erro ao dar aos filhos alimento em demasia. As crianças tratadas dessa maneira crescerão dispépticas. Há necessidade de moderação até mesmo no uso de bons alimentos. Pais, ponde diante de vossos filhos a quantidade que devem comer. Não deixeis com eles o comer justamente tanto quanto se sentirem inclinados. ... Pais, a menos que esse ponto seja observado, a percepção de vossos filhos será embotada. Poderão freqüentar a escola, mas serão incapazes de aprender como deviam; pois a energia que devia ir para o cérebro é usada em cuidar do alimento extra que sobrecarrega o estômago. Precisam os pais ser educados a ver que o alimento em demasia dado aos filhos torna-os débeis em vez de robustos. -- Manuscrito 155, 1899. Os pais devem escolher, não os filhos OC 255 1 Ensinai-lhes a negar o apetite, a serem gratos pelo regime alimentar puro e simples que Deus lhes dá. Não vos convém permitir-lhes ditar-vos o que devem comer, mas vós deveis determinar o que é melhor para eles. É um pecado permitirdes vossos filhos murmurarem e se queixarem acerca de alimento bom e saudável, somente porque não agrada ao seu apetite corrompido. -- Carta 23, 1888. OC 255 2 Não permitais que a criança tenha a impressão de que, por ser vosso filho, deve ser atendido e lhe deve ser permitido escolher e dirigir seu próprio caminho. Não se lhe deve permitir escolher artigos alimentícios que não lhes fazem bem, simplesmente porque os apreciam. A experiência dos pais deve exercer poder controlador na vida dos filhos. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1896. Se razoável, respeitar a preferência da criança OC 255 3 Depende de nós individualmente decidir se nossa vida será dirigida pelo espírito ou pelo corpo. O jovem deve, por si mesmo, fazer a escolha que moldará a sua vida; e não se devem poupar esforços para levá-lo a compreender as forças com que tem de tratar, e as influências que moldam o caráter e o destino. -- Educação, 202. OC 255 4 Na educação das crianças e jovens deve ser-lhes ensinado que os hábitos de comer, beber e vestir, formados segundo as normas do mundo, não estão de acordo com as leis da saúde e da vida, e devem ser conservados sob o domínio da razão e do intelecto. Não se deve permitir a força do apetite e o poder do hábito sobrepujarem os ditames da razão. Para alcançar tal objetivo, o jovem deve ter alvos e motivos mais elevados que a mera satisfação animal de comer e beber. -- Good Health, Julho de 1880. Efeitos do apetite pervertido OC 255 5 Alguns não se impressionam com a necessidade de comer e beber para a glória de Deus. A condescendência para com o apetite atinge-os em todas as relações da vida. É vista na família, na igreja, na reunião de oração e na conduta de seus filhos. É a maldição de sua vida. Impede-lhes compreender as verdades para estes últimos dias. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 151. O viver sadio, obrigação pessoal OC 256 1 O que comemos e bebemos tem importante influência sobre nossa vida e nosso caráter, e os cristãos devem conservar os hábitos de comer e beber em conformidade com as leis da natureza. Devemos sentir nossa obrigação para com Deus nessa questão. A obediência às leis da saúde deve tornar-se assunto de acurado estudo, pois a ignorância voluntária nessa questão é pecado. Cada um deve sentir ser uma obrigação pessoal praticar as leis do viver sadio. -- Manuscrito 47, 1896. ------------------------Capítulo 63 -- Temperança em todas as coisas A intemperança causa a maioria dos males OC 256 2 A intemperança jaz no fundamento da maior parte dos males da vida. Destrói anualmente dezenas de milhares de pessoas. Não falamos da intemperança como limitada unicamente ao uso das bebidas alcoólicas, mas lhe damos mais ampla significação, incluindo a condescendência prejudicial de qualquer apetite ou paixão. -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. OC 256 3 Devido à intemperança, uns sacrificam a metade; e outros, dois terços de suas faculdades físicas, mentais e morais, tornando-se joguetes do inimigo. -- Mensagens aos Jovens, 236. Condescendência excessiva é pecado OC 256 4 Excessiva tolerância no comer, no beber, no dormir ou contemplar é pecado. A ação saudável e harmoniosa de todas as faculdades do corpo e da mente resultam em felicidade; e quanto mais elevadas e refinadas as faculdades, mais pura e perfeita a felicidade. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 44. Temperança é um princípio da vida religiosa OC 257 1 A temperança deve ser ensinada e praticada em todas as coisas da vida. A temperança no comer, no beber, no dormir e no vestir é um dos grandiosos princípios da vida religiosa. A verdade aplicada no santuário da alma orientará no tratamento do corpo. Coisa alguma que se relacione com a saúde do agente humano deve ser considerada com indiferença. Nosso bem eterno depende do uso que nesta vida fazemos de nosso tempo, força e influência. -- Testimonies for the Church 6:375. OC 257 2 Só nos é dado possuir aqui uma vida; e a pergunta que cada um deveria fazer é: Como posso empregar minha vida de modo a poder obter o máximo benefício? -- Pacific Health Journal, Abril de 1890. OC 257 3 Nosso primeiro dever para com Deus e os nossos semelhantes é o do desenvolvimento próprio. Toda a faculdade de que o Criador nos dotou deve ser cultivada ao mais alto grau de perfeição, para que possamos realizar a maior soma de bens de que somos capazes. Dai ser bem empregado o tempo dedicado ao estabelecimento e à preservação de boa saúde física e mental. Não podemos consentir em impedir o crescimento ou invalidar uma simples função da mente ou do corpo pelo excesso de trabalho ou pelo abuso de qualquer parte do maquinismo vivo. Logo que o fazemos, devemos sofrer as conseqüências. -- The Signs of the Times, 17 de Novembro de 1890. Maravilhoso poder OC 257 4 A observância da temperança e regularidade em todas as coisas tem um poder maravilhoso. Fará mais do que as circunstâncias ou os dotes naturais para promover aquela doçura e serenidade de disposição que tanto têm que ver com o suavizar do caminho da vida. Ao mesmo tempo o poder do domínio próprio assim adquirido demonstrar-se-á um dos mais valiosos aparelhamentos para lutarmos com êxito no campo dos árduos deveres e realidades que esperam a cada ser humano. -- Educação, 206. Auxílio para pensar com clareza OC 257 5 Todos os dias, homens que ocupam posição de responsabilidade têm de tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. É-lhes preciso com freqüência pensar rapidamente, e isso só pode ser feito com êxito pelos que observam estrita temperança. A mente se revigora sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se a tensão não é demasiada, sobrevém renovado vigor a cada esforço. -- A Ciência do Bom Viver, 309. Hábitos temperantes:ricas recompensas OC 257 6 Nossa geração está cercada de atrativos calculados a tentar o apetite. Especialmente em nossas grandes cidades, toda a forma de condescendência é tornada fácil e convidativa. Aqueles que, como Daniel, recusam corromper-se receberão a recompensa de seus hábitos de temperança. Com seu maior vigor físico e aumentado poder de resistência, têm um Banco, para depósito, do qual podem sacar em caso de emergência. OC 258 1 Hábitos físicos corretos promovem a superioridade mental. O poder intelectual, o vigor físico e a longevidade dependem de leis imutáveis. Não há "aconteceu", não há acaso nessa questão. O Deus da natureza não interfere para livrar o homem das conseqüências da violação das leis naturais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 28. Temperantes em todas as coisas OC 258 2 A fim de preservar a saúde, é necessário temperança em todas as coisas. ... Nosso Pai celestial enviou a luz da reforma de saúde para guardar contra os males resultantes de um apetite viciado, para que os que amam a pureza e a santidade possam saber como usar com discrição as coisas boas que Ele lhes proveu, e para que, ao exercerem a temperança na vida diária, possam ser santificados pela verdade. -- Conselhos Sobre Saúde, 120, 121. Temperança precede a santificação OC 258 3 O povo de Deus deve aprender a significação de temperança em tudo. ... Toda a condescendência consigo mesmo deve ser afastada de sua vida. Antes de eles poderem compreender realmente o sentido da santificação genuína e da conformidade com a vontade de Cristo, precisam, pela cooperação com Deus, obter o domínio de hábitos e costumes errôneos. -- Medicina e Salvação, 275. No estudo OC 258 4 A intemperança no estudo é uma espécie de intoxicação, e aqueles que com ela condescendem à semelhança do bêbado desviam-se das veredas seguras, e tropeçam e caem nas trevas. O Senhor quer que todo estudante conserve em mente que devemos ter em vista, unicamente, a glória de Deus. Ele, o estudante, não deve esgotar as faculdades mentais e físicas para obter todo o conhecimento possível das ciências, mas cumpre-lhe conservar o brilho e o vigor de todas as suas energias para se empenhar na obra que o Senhor lhe designou, em auxiliar almas a encontrar a vereda da justiça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 405, 406. No trabalho OC 259 1 Devemos ser temperantes no trabalho. Não é dever nosso colocar-nos em situação de ficar sobrecarregados. Alguns poderão às vezes achar-se em condição em que isso seja necessário; deve, porém, ser exceção, não regra. Cumpre-nos exercer temperança em tudo. Caso honremos o Senhor fazendo a nossa parte, Ele, pela Sua, conserva-nos a saúde. Devemos ter sensato domínio de todos os nossos órgãos. Sendo temperantes no comer, vestir, trabalhar e em tudo, podemos fazer por nós mesmos o que médico algum poderá. -- Temperança, 139. OC 259 2 Como regra, o trabalho do dia não deve ser prolongado noite adentro. ... Foi-me mostrado que, os que isso fazem, perdem às vezes muito mais do que lucram, pois suas energias são esgotadas, e eles trabalham sob estímulos nervosos. Podem não observar qualquer dano imediato, mas com certeza estão solapando sua constituição. -- Conselhos Sobre Saúde, 99. OC 259 3 Os que fazem grande esforço para realizar justamente tanto trabalho em determinado tempo, e continuam a trabalhar quando seu juízo lhes diz que deviam descansar, jamais lucram. Estão vivendo de capital emprestado. Estão gastando a energia vital de que necessitarão num tempo futuro. E quando a energia que tão indiferentemente usaram é exigida, fracassam por esta lhes faltar. Foi-se a força física, fracassam as faculdades mentais. Reconhecem que se defrontam com a perda, mas não sabem qual é. Seu tempo de necessidade chegou, mas os seus recursos físicos estão esgotados. Todo aquele que viola as leis da saúde deve a qualquer tempo sofrer em maior ou menor escala. Deus nos proveu de vigor constitucional, que será necessário em diferentes períodos de nossa vida. Caso indiferentemente esgotemos essa energia pela contínua sobrecarga, em algum tempo seremos os prejudicados. -- Fundamentos da Educação Cristã, 153, 154. No vestir OC 259 4 Sob qualquer aspecto, as roupas devem ser saudáveis. Acima de tudo, Deus quer que tenhamos saúde (3 João 2) -- saúde de corpo e de alma. E devemos ser coobreiros Seus tanto para a saúde de um como da outra. Ambas são promovidas pelo vestuário saudável. OC 259 5 Ele deve possuir a graça, a beleza, a conveniência da simplicidade natural. Cristo nos advertiu contra o orgulho da vida, mas não contra a sua graça e beleza naturais. -- A Ciência do Bom Viver, 288, 289. No comer OC 260 1 A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. Poucos há que se compenetram, como deviam, do quanto seus hábitos no regime alimentar têm que ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo e seu destino eterno. O apetite deve sempre estar sob a sujeição das faculdades morais e intelectuais. O corpo deve ser o servo da mente, e não a mente a serva do corpo. -- Temperança, 138. OC 260 2 Os que comem e trabalham com intemperança e irracionalmente, falam e agem irracionalmente. Não é necessário beber bebidas alcoólicas para ser intemperante. O pecado de comer com intemperança -- comer com muita freqüência, em demasia, e alimentos extravagantes e nada saudáveis -- destrói a ação sadia dos órgãos digestivos, afeta o cérebro e perverte o juízo, impedindo o pensamento e a ação racionais, calmos e sadios. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 155. Cuidado para não comer em demasia OC 260 3 Em nove entre dez casos há mais perigo de comer demais do que de menos. ... Há muitos enfermos que não sofrem doença alguma. A causa de sua enfermidade é a condescendência para com o apetite. Julgam que, se o alimento é saudável, podem comer tanto quanto queiram. Esse é um grande engano. As pessoas cujas energias estão debilitadas devem ingerir uma quantidade moderada e mesmo limitada de alimento. O organismo então será habilitado a desempenhar seu trabalho facilmente, e bem, sendo evitado muito sofrimento. -- Manuscrito 1, 1876. Não negar a Deus por um ato de intemperança OC 260 4 Fomos comprados por preço; devemos portanto glorificar a Deus no nosso corpo e no nosso espírito, os quais Lhe pertencem. Não O devemos negar por um ato de intemperança, pois o Filho Unigênito de Deus nos comprou por um preço infinito, a saber, o sacrifício de Sua vida. Não morreu Ele por nós para que nos tornássemos escravos dos maus hábitos, mas para que nos pudéssemos tornar filhos e filhas de Deus, servindo-O com toda a energia de nosso ser. -- Carta 166, 1903. OC 260 5 Os que possuem constante e viva percepção de que se acham nessa relação para com Deus não porão no estômago comida que agrade ao apetite mas prejudica os órgãos digestivos. Não arruinarão a propriedade de Deus por satisfação de impróprios hábitos no comer, beber ou vestir. Terão grande cuidado com o organismo humano, compreendendo que assim devem fazer a fim de trabalharem em colaboração com Deus. Ele quer que eles tenham saúde, sejam felizes e úteis. Mas para que assim possam ser, precisam pôr a vontade ao lado da Sua. -- Temperança, 214. Temperança em todos os detalhes da vida OC 261 1 Insistimos em que os princípios da temperança sejam aplicados em todos os detalhes da vida doméstica; que o exemplo dos pais deve ser uma lição de temperança, que desde a meninice devem ser ensinados às crianças a abnegação e o domínio próprio, e, tanto quanto seja coerente, delas exigidos. -- The Review and Herald, 23 de Setembro de 1884. OC 261 2 No círculo familiar e na igreja, devemos pôr a temperança em elevada plataforma. Deve ser um elemento vivo, operante, reformando hábitos, disposições e caráter. -- Temperança, 165. ------------------------Capítulo 64 -- O lar e a cruzada de temperança A intemperança está no auge OC 261 3 A intemperança continua ainda suas devastações. Iniqüidade de toda espécie jaz qual poderosa barreira a impedir o progresso da verdade e da justiça. Injustiças sociais, nascidas da ignorância e do vício, causam ainda indizível miséria, e lançando sua danosa sombra tanto sobre a igreja como no mundo. A depravação entre a juventude está crescendo em vez de diminuir. Coisa alguma, a não ser o esforço contínuo, diligente, servirá para remover essa praga desoladora. O conflito com o interesse e o apetite, com maus hábitos e paixões profanas, será renhido e implacável; unicamente os que agirem por princípios podem obter a vitória nesse conflito. -- Temperança, 234. OC 261 4 Apesar dos esforços envidados para dominá-la; a intemperança aumenta. Não podemos ser ardorosos demais em procurar sustar-lhe o progresso, levantar o caído, e ao fraco proteger da tentação. Com nossas fracas mãos humanas, pouco apenas podemos fazer, mas temos um Ajudador infalível. Não nos devemos esquecer de que o braço de Cristo pode alcançar as próprias profundezas da desgraça e da degradação humanas. Ele pode auxiliar-nos a vencer até mesmo esse terrível demônio da intemperança. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 21. A abstinência total é a resposta OC 262 1 A única maneira em que alguém pode estar seguro contra o poder da intemperança é abster-se completamente do vinho, cerveja e bebidas fortes. Devemos ensinar aos nossos filhos que, a fim de serem varonis, devem deixar de parte essas coisas. Deus nos tem mostrado o que constitui o verdadeiro valor. É aquele que vence que será honrado, e cujo nome não será riscado do livro da vida. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37. OC 262 2 Mediante zeloso e perseverante esforço, os pais podem, com espírito isento das influências dos costumes da vida corrente, construir em torno dos filhos um baluarte moral que os protegerá das misérias e crimes ocasionados pela intemperança. Os filhos não devem ser deixados a crescer à vontade, desenvolvendo sem razão traços que deviam ter sido cortados pela raiz; mas devem ser disciplinados com cuidado, e educados para tomarem posição ao lado do direito, da reforma e da abstinência. Em toda crise, eles terão assim independência moral para enfrentar a tempestade da oposição que certamente há de assediar os que se colocarem na defesa da verdadeira reforma. -- Temperança, 214, 215. Intemperança: resultado da condescendência no lar OC 262 3 Grandes esforços são empregados em nosso país para reprimir a intemperança, mas se verifica ser coisa difícil dominar e acorrentar o leão já adulto. Caso a metade desses esforços fossem dirigidos para iluminar os pais quanto à sua responsabilidade na formação dos hábitos e caráter dos filhos, um bem mil vezes maior poderia resultar disso que do rumo atual. A todos os obreiros na causa da temperança desejamos bom êxito; mas os convidamos a olhar mais fundo, para a causa do mal contra o qual estão lutando, e entrar de maneira mais completa e firme na reforma. -- The Review and Herald, 23 de Setembro de 1884. OC 262 4 Mas, a fim de atingirmos a raiz da intemperança, devemos ir mais fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um objetivo ou as más companhias podem ser a causa predisponente. Muitas vezes ela se encontra à mesa de jantar, nas famílias que se têm na conta de estritamente temperantes. Qualquer coisa que perturbe a digestão, que ocasione uma indevida irritação mental, ou de qualquer maneira enfraqueça o organismo, alterando o equilíbrio das faculdades mentais e físicas, debilita o domínio do espírito sobre o corpo, e assim propende para a intemperança. A queda de muito jovem promissor pode ser atribuída a apetites extravagantes criados por um regime inadequado. -- Educação, 202, 203. OC 263 1 A mesa de nosso povo americano é geralmente provida de modo a formar bêbados. Para vasta classe, o apetite é a regra dominante. Quem quer que condescenda com o apetite comendo demasiado freqüentemente, e comida que não seja saudável, está enfraquecendo sua força para resistir aos reclamos desse apetite e da paixão em outros sentidos, e isso proporcionalmente ao vigor que permitiu tomarem os hábitos incorretos no comer. -- Testemunhos Selectos 1:422. Chá e café:fatores que contribuem OC 263 2 Pela intemperança iniciada em casa, primeiramente se enfraquecem os órgãos digestivos, e logo o alimento comum não satisfaz o apetite. Estabelecem-se condições insalubres, e há um desejo veemente de mais alimento estimulante. O chá e o café produzem um efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso é incitado e, em muitos casos, num momento, o intelecto parece ser revigorado, a imaginação mais vívida. Visto esses estimulantes produzirem resultados tão agradáveis, muitos concluem que realmente necessitam deles; mas sempre há uma reação. O sistema nervoso tomou energia emprestada dos recursos futuros, para o uso presente. E toda essa revigoração temporária é seguida de correspondente depressão. O alívio repentino obtido do chá e do café é evidência de que o que parece força é apenas estímulo nervoso, e conseqüentemente deve ser prejudicial ao organismo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 31. Fumo, veneno sutil OC 263 3 O uso do fumo é um hábito que freqüentemente afeta o sistema nervoso de maneira mais poderosa do que o uso do álcool. Ele prende a vítima em laços mais fortes de escravidão que a taça intoxicante; esse hábito é mais difícil de vencer. Em muitos casos, são a mente e o corpo mais completamente intoxicados pelo uso do fumo, do que com bebidas alcoólicas; pois ele é um veneno mais sutil. -- Testimonies for the Church 3:562. OC 263 4 O fumo... afeta o cérebro e embota as sensibilidades, de maneira que a mente não pode discernir com clareza as coisas espirituais, em particular as verdades que teriam a tendência de corrigir essa satisfação sórdida. Os que usam o fumo em qualquer forma não se acham inocentes diante de Deus. Com tão sórdido costume, é impossível glorificarem a Deus no corpo e no espírito que Lhe pertencem. -- Conselhos Sobre Saúde, 81. OC 264 1 O fumo enfraquece o cérebro e paralisa sua delicada sensibilidade. Seu uso aviva a sede de bebida forte, e em muitíssimos casos lança o fundamento do hábito de bebidas alcoólicas. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 17. Efeito dos estimulantes e narcóticos OC 264 2 O efeito dos estimulantes e narcóticos é diminuir a força física, e tudo o que afete o corpo afetará a mente. Pode um estimulante despertar por algum tempo as energias e produzir atividade mental e física; mas quando a hilariante influência desaparece, tanto o espírito como o corpo estarão em piores condições que antes. As bebidas intoxicantes e o fumo têm-se demonstrado uma terrível maldição para nossa raça, não somente enfraquecendo o corpo e confundindo a mente, mas rebaixando a moral. Ao ser posto de lado o domínio da razão, preponderarão as paixões animais. Quanto mais livremente forem usados esses venenos, tanto mais brutal se tornará a natureza. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. Ensinar as crianças a detestarem os estimulantes OC 264 3 Ensinai vossos filhos a detestarem os estimulantes. Quantos ignorantemente estão cultivando em si mesmos o apetite por essas coisas! -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 17. OC 264 4 Deus exige dos pais que protejam os filhos contra a condescendência com o apetite, e especialmente contra o uso de estimulantes e narcóticos. A mesa de pais cristãos nunca deve estar abarrotada de alimento que contenha condimentos e especiarias. Eles devem estudar como proteger o estômago contra qualquer abuso. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. OC 264 5 Nesta época desregrada, quanto menos estimulante o alimento, melhor. A temperança em todas as coisas e a firme negação do apetite é o único caminho seguro. -- Testimonies for the Church 3:561. Um desafio aos pais OC 264 6 Os pais podem ter transmitido aos filhos tendências para o apetite e a paixão, o que torna mais difícil o trabalho de educá-los e prepará-los para serem estritamente temperantes e terem hábitos puros e virtuosos. Se o apetite por alimento nada saudável e estimulantes e narcóticos lhes tem sido transmitido como legado dos pais, que responsabilidade terrivelmente solene repousa sobre estes de anular as más tendências que eles deram aos filhos! Quão ardorosa e diligentemente devem os pais trabalhar, com fé e esperança, para cumprir seu dever para com a sua desafortunada prole! -- Testimonies for the Church 3:567, 568. Gostos e apetites devem ser educados OC 265 1 Os pais devem tornar sua primeira preocupação compreender as leis da vida e da saúde, para que nada por eles seja feito no preparo do alimento, ou por meio de quaisquer outros hábitos, que desenvolva nos filhos más tendências. Com quanto cuidado devem as mães estudar como preparar a mesa com o alimento mais simples e saudável, para que os órgãos digestivos não sejam enfraquecidos, desequilibradas as energias nervosas e a instrução que derem aos filhos não seja anulada pelo alimento que lhes é dado! Esse alimento ou enfraquece ou fortalece os órgãos do estômago e muito tem que ver no controle da saúde física e moral dos filhos, que são a propriedade de Deus comprada por sangue. -- Testimonies for the Church 3:568. OC 265 2 Que sagrado depósito é confiado aos pais, o de proteger a constituição física e moral dos filhos, para que o sistema nervoso seja bem equilibrado e a alma não seja posta em perigo! -- Testimonies for the Church 3:568. OC 265 3 Nossas irmãs podem fazer muito na grande obra da salvação de outros com o apresentar mesas providas apenas de alimentos saudáveis e nutritivos. Podem empregar o precioso tempo de que dispõem em educar o gosto e o apetite de seus filhos, formando neles hábitos de temperança em todas as coisas, incentivando ao mesmo tempo a abnegação e a beneficência em proveito dos outros. -- Testemunhos Selectos 1:418, 419. Os pais negligentes são responsáveis OC 265 4 Muitos pais, para evitar a tarefa de educar pacientemente os filhos nos hábitos de abnegação, consentem em que comam e bebam sempre que queiram. O desejo de agradar o paladar e satisfazer a inclinação não diminui com o correr dos anos; esse jovens mimados, ao crescerem, são governados pelos impulsos, escravos do apetite. Ao assumirem seu lugar na sociedade e iniciarem a vida por si mesmos, são impotentes para resistir à tentação. No glutão, no escravo do fumo, ... no bêbado, vemos os maus resultados de uma educação errônea. ... OC 265 5 Ao ouvirmos os tristes lamentos de homens e mulheres cristãos sobre os terríveis males da intemperança, imediatamente se levanta a pergunta: Quem educou esses jovens? Quem neles alimentou esses apetites desgovernados? Quem negligenciou a solene responsabilidade de lhes formar o caráter para a utilidade nessa vida e para a companhia dos anjos celestiais na vindoura? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 76. O verdadeiro trabalho começa em casa OC 266 1 É no lar que deve começar o verdadeiro trabalho. Sobre os que têm a responsabilidade de educar os jovens, de lhes formar o caráter, repousa a maior responsabilidade. Eis um trabalho para as mães: ajudar os filhos a formarem hábitos corretos e gostos puros, a desenvolver fibra moral, verdadeiro valor moral. Ensinai-lhes que não devem ser governados pelos outros, que não devem ceder às más influências, antes influenciar outros para o bem, enobrecer e elevar aqueles com quem entram em contato. Ensinai-lhes que, se se ligarem com Deus, dEle terão forças para resistir às mais ferozes tentações. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 21, 22. Temperança não é assunto para gracejo OC 266 2 Muitos fazem da temperança assunto de pilhérias. Pretendem que o Senhor não Se interessa com tão insignificantes questões como o que comemos e bebemos. Não tivesse o Senhor cuidado por essas coisas, porém, não Se haveria manifestado à mulher de Manoá, dando-lhe instruções definidas, e recomendando-lhe duas vezes que se guardasse de não as seguir. Não é isso prova suficiente de que Ele cuida dessas coisas? -- Temperança, 233, 234. A reforma começa com a mãe OC 266 3 É-nos ensinado nas Escrituras o cuidado com que a mãe deve vigiar seus hábitos de vida. -- A Ciência do Bom Viver, 372. OC 266 4 A reforma deve começar com a mãe, antes do nascimento dos filhos, e se as instruções do Senhor fossem fielmente obedecidas, não existiria intemperança. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. OC 266 5 Não somente os hábitos da mãe, mas a educação da criança se achava incluída nas instruções dadas pelo anjo aos pais hebreus. Não bastava que Sansão, a criança que devia libertar Israel, devesse receber boa herança ao nascer. Esta deveria ser apoiada por uma educação cuidadosa. Desde a infância deveria ele ser exercitado em atos de estrita temperança. ... OC 266 6 As instruções dadas quanto às crianças hebréias ensinam-nos que coisa alguma que afete a boa condição física dos pequeninos deve ser negligenciada. Coisa alguma é sem importância. Tudo quanto afeta a saúde do corpo tem sua influência sobre o intelecto e o caráter. -- A Ciência do Bom Viver, 379, 380. OC 267 1 A temperança e o domínio próprio devem ser ensinados desde o berço. Sobre a mãe repousa grandemente a responsabilidade dessa obra, e, ajudada pelo pai, poderá levá-la avante com êxito. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. Continuar as lições à lareira e na escola OC 267 2 É questão muito difícil desaprender os hábitos que têm sido acariciados durante toda a vida e têm educado o apetite. O demônio da intemperança não é facilmente vencido. Tem força gigantesca e é difícil de dominar. Iniciem os pais uma cruzada contra a intemperança ao lado de sua própria lareira, em sua própria família, nos princípios que ensinam aos filhos para seguirem desde sua própria infância, e podem esperar êxito. Recompensar-vos-á, mães, usar as preciosas horas que Deus vos dá na formação, desenvolvimento e preparo do caráter de vossos filhos e em lhes ensinar a se apegarem estritamente aos princípios de temperança no comer e no beber. -- Testimonies for the Church 3:567. OC 267 3 Devem ministrar-se instruções nesse sentido em toda a escola e em todo o lar. Os jovens e as crianças devem compreender o efeito do álcool, do fumo, e outros venenos semelhantes, em debilitar o corpo ou obscurecer a mente e tornar sensual a alma. Deve-se explicar que qualquer que use estas coisas não pode por muito tempo possuir toda a força de suas faculdades físicas, mentais e morais. -- Educação, 202. Tornar claros os efeitos dos pequenos desvios OC 267 4 É contra o começo do mal que nos devemos guardar. Na instrução da juventude, deve explicar-se bem o efeito dos desvios aparentemente pequenos daquilo que é reto. ... Que se impressionem os jovens com o pensamento de que devem ser senhores e não escravos! Deus os fez governadores do reino que há dentro deles, e devem exercer sua realeza ordenada pelo Céu. Quando é fielmente dada tal instrução, os resultados se estenderão muito além dos próprios jovens. Irradiarão influências que irão salvar milhares de homens e mulheres que se acham nas próprias bordas da ruína. -- Educação, 203, 204. Fibra moral para resistir à tentação OC 267 5 Necessita-se de um esforço individual do lado certo, para dominar o crescente mal da intemperança. Oh, se pudéssemos encontrar palavras que, derretendo e queimando, pudessem abrir caminho para o coração de cada pai da Terra! -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. OC 268 1 É possível aos pais lançar as bases de uma vida sã e feliz para seus filhos. Podem fazer com que, ao deixarem o lar, eles possuam a força moral necessária para resistir à tentação, e valor e força para resolverem com êxito os problemas da vida. Podem inspirar-lhes o propósito, e desenvolver neles a faculdade de tornar sua vida uma honra para Deus e uma bênção para o mundo. Podem abrir retas veredas para seus pés, através de sol e sombra, até às gloriosas alturas celestes. -- A Ciência do Bom Viver, 352. OC 268 2 Deus exige que fiquemos sobre a ampla plataforma da temperança no comer, beber e vestir. Pais, não despertareis quanto às responsabilidades que Deus vos deu? Estudai os princípios da reforma de saúde e ensinai a vossos filhos que a vereda da abnegação é o único caminho seguro. -- Manuscrito 86, 1897. ------------------------Capítulo 65 -- As bênçãos do vestuário apropriado Apropriado e que caia bem OC 268 3 No vestuário, bem como em todas as outras coisas, é nosso privilégio honrar o nosso Criador. Ele deseja que não somente seja nosso vestuário limpo e saudável, mas próprio e decoroso. -- Educação, 248. OC 268 4 Devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isso, nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram dadas por Ele em relação à roupa da Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo, as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. Nosso exterior deve caracterizar-se em todos os seus aspectos pela higiene, modéstia e pureza. -- Testemunhos Selectos 2:393, 394. Ilustrados pelas coisas da natureza OC 269 1 Pelas coisas da natureza, "as flores, o lírio" Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam agradável nossa maneira de vestir. -- A Ciência do Bom Viver, 289. O caráter, julgado pelo estilo do vestuário OC 269 2 O vestuário e seu uso na pessoa, verifica-se geralmente ser uma característica do homem ou da mulher. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. OC 269 3 Julgamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do vestuário que usa. Uma senhora modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. Na escolha de um vestuário simples e apropriado, revelar-se-á um gosto apurado, uma mente culta. ... Aquela que é simples e despretensiosa no vestuário e nas maneiras demonstra compreender que a verdadeira mulher é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante, é a simplicidade no vestir, que em graça poder ser comparada com as flores do campo! -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. Princípios orientadores OC 269 4 Rogo ao nosso povo que ande cuidadosa e circunspectamente diante de Deus. Segui costumes no vestir até onde eles se conformem com os princípios da saúde. Vistam-se as nossas irmãs com simplicidade, como muitas o fazem, tendo vestidos de material bom e durável, modestos, apropriados para a sua idade, e não lhes preocupe a mente a questão do vestuário. Nossas irmãs devem vestir-se com simplicidade. Devem trajar-se com roupas modestas, com modéstia e sobriedade. Dai ao mundo uma ilustração viva do adorno interior da graça de Deus. -- Manuscrito 167, 1897. Seguir os costumes, se modestos e saudáveis OC 269 5 Os cristãos não devem se esmerar por se tornarem objeto de admiração vestindo-se diferentemente do mundo. Mas se, ao seguirem sua convicção do dever quanto a se vestirem modesta e saudavelmente, verificam estar fora da moda, não devem mudar seu traje para serem semelhantes ao mundo; antes devem manifestar nobre independência e coragem moral para andar corretamente, ainda que todo o mundo deles discorde. OC 270 1 Caso o mundo introduza uma moda modesta, conveniente e saudável no vestir, que esteja de acordo com a Bíblia, não mudará nossa relação para com Deus ou para com o mundo adotar tal estilo. Os cristãos devem seguir a Cristo e fazer suas roupas conformar-se com a Palavra de Deus. Devem evitar os extremos. Devem seguir humildemente um rumo certo, sem considerar os aplausos ou censura, e se devem apegar ao que é certo devido aos seus próprios méritos. -- Testimonies for the Church 1:458, 459. Evitar os extremos OC 270 2 Não ocupeis vosso tempo esforçando-vos para seguir todas as modas insensatas do vestir. Trajai-vos asseada e decentemente, mas não vos torneis alvo de observações, seja por vos vestirdes com requintado apuro, ou por vos trajardes de maneira relaxada e desalinhada. Agi como se soubésseis que os olhos dos Céus estão sobre vós; e que estais vivendo sob a aprovação ou desaprovação de Deus. -- Manuscrito 53, 1912. Não confundir o cuidado no vestir com o orgulho OC 270 3 Há uma classe que continuamente está batendo na mesma tecla do orgulho e vestuário, que é descuidada com seu próprio vestuário, e que julga ser virtude andar suja, e vestir-se sem ordem e gosto; e suas roupas quase sempre parecem que vieram voando e pousaram sobre sua pessoa. Seu vestuário é imundo, e assim mesmo tais pessoas sempre estarão falando contra o orgulho. Classificam a decência e a higiene como orgulho. -- The Review and Herald, 23 de Janeiro de 1900. OC 270 4 Os que são descuidados e desalinhados no vestir raras vezes têm conversa elevada, ou possuem ainda que seja um pouco de requinte nos sentimentos. Às vezes, consideram a excentricidade e a grosseria como humildade. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. Cristo deu uma advertência OC 270 5 Cristo notou o devotamento ao vestuário e advertiu, sim, ordenou aos seguidores que não se preocupassem muito com isso. "E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam. E Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles." Mateus 6:28, 29. ... O orgulho e a extravagância no vestir são pecados a que especialmente a mulher está propensa; daí tais declarações se referirem diretamente a ela. De quão pouco valor são o ouro, as pérolas ou enfeites caros, quando comparados com a mansidão e a amabilidade de Cristo! -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 93, 94. A instrução bíblica para o povo de Deus OC 271 1 Fui dirigida às seguintes passagens: Disse o anjo: "Devem instruir o povo de Deus." "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." 1 Timóteo 2:9, 10. "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres." 1 Pedro 3:3-5. -- Testimonies for the Church 1:189. OC 271 2 Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor do vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-Lhe-emos ouvidos e seremos sábios? -- Testemunhos Selectos 1:594. OC 271 3 Os que estão na verdade buscando servir a Cristo terão consciencioso escrúpulo quanto ao vestuário que usam; esforçar-se-ão por satisfazer às exigências dessa recomendação tão positivamente dada pelo Senhor. -- Mensagens aos Jovens, 345, 346. Os perigos do amor ao vestuário OC 271 4 O amor ao vestuário põe em perigo a moral e faz com que a mulher seja o contrário do que é uma senhora cristã, que se caracteriza pela modéstia e sobriedade. O vestuário extravagante muitas vezes incute concupiscência no coração da que o usa, despertando as baixas paixões no que o contempla. Deus vê que a ruína do caráter é precedida freqüentemente pela condescendência com o orgulho e a vaidade no vestir, e que os caros enfeites sufocam o desejo de fazer o bem. -- Testimonies for the Church 4:645. O testemunho da simplicidade no vestuário OC 271 5 O vestido simples e despretensioso será uma recomendação para minhas jovens irmãs. Diante de outros, não pode vossa luz brilhar de maneira melhor do que pela simplicidade dos adornos e de conduta. Podeis mostrar a todos que, em comparação com as coisas eternas, haveis posto a devida estimação sobre as coisas desta vida. -- Mensagens aos Jovens, 348. A modéstia protege de mil perigos OC 272 1 Minhas irmãs, evitai até a aparência do mal. Nesta época dissoluta, exalando corrupção, não estais seguras, a não ser que estejais em guarda. A virtude e a modéstia são raras. Apelo para vós, como seguidoras de Cristo, e porque fazeis uma exaltada profissão de fé, que abrigueis a jóia de incalculável preço, a modéstia, que é a salvaguarda da virtude. -- Testimonies for the Church 2:458. OC 272 2 A simplicidade no vestir, aliada à modéstia das maneiras, muito farão no sentido de cercar uma jovem com aquela atmosfera de sagrada reserva que para ela será uma proteção contra os milhares de perigos. -- Educação, 248. Uma idéia antiquada OC 272 3 Ensinar as crianças a andar na vereda estreita da pureza e santidade é julgado idéia já ridícula e antiquada. Isso prevalece mesmo entre pais que professam adorar a Deus, mas pelas suas obras testificam serem adoradores de Mamom. Ambiciona competir com os vizinhos e comparar favoravelmente seu vestuário e o dos filhos com o dos membros da igreja a que pertencem. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. O único traje admitido no céu OC 272 4 Há um traje que toda criança e jovem pode inocentemente procurar obter: a justiça dos santos. Se eles tão somente desejarem e forem perseverantes em obtê-lo como o são em confeccionar suas roupas segundo as normas da sociedade mundana, bem cedo serão vestidos da justiça de Cristo, e seu nome não será riscado do livro da vida. Tanto as mães como os jovens e as crianças precisam orar: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto." Salmos 51:10. Essa pureza de coração e beleza de espírito são mais preciosas do que o ouro, tanto para esta época como para a eternidade. Somente os puros de coração verão a Deus. OC 272 5 Então, mães, ensinai aos vossos filhos mandamento sobre mandamento e regra sobre regra, que a justiça de Cristo é o único traje em que poderão ser admitidos no Céu, e que, vestidos dessas vestes, constantemente estarão, nesta vida, cumprindo deveres que glorificarão a Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 95. ------------------------Capítulo 66 -- Ensinar os princípios fundamentais no vestuário Uma parte necessária da educação OC 273 1 Não poderá ser completa nenhuma educação que não ensine princípios corretos em relação ao vestuário. Sem tal ensino, a obra da educação é muitas vezes retardada e pervertida. O amor ao vestuário e a dedicação à moda acham-se entre os mais formidáveis oponentes e decididos embaraços que há para o professor. -- Educação, 246. Nenhum estilo definido foi dado OC 273 2 Nenhum estilo definido foi-me dado como regra exata para orientar a todos na sua maneira de vestir. -- Carta 19, 1897. Alinhado, atraente e limpo OC 273 3 Os jovens devem ser estimulados a formar hábitos corretos no vestir, de modo a que sua aparência seja alinhada e atrativa; ensine-se-lhes a conservar as roupas limpas e bem consertadas. Todos os seus hábitos devem ser de molde a torná-los um auxílio e um conforto aos outros. -- Testemunhos Selectos 2:435, 436. OC 273 4 Que as roupas sejam adequadas e decentes! Ainda que seja apenas um tecido de pouco preço, deve estar limpo e bem assentado. -- Testemunhos Selectos 1:596. Ordem e gosto apurado OC 273 5 Evitarão [os cristãos] no vestuário o supérfluo e a ostentação; mas suas roupas serão asseadas, não luxuosas, discretas e arranjadas com correção e bom gosto. -- Mensagens aos Jovens, 349. OC 273 6 O bom gosto não deve ser desprezado nem condenado. Nossa fé, caso seja vivida, levar-nos-á a ser tão simples no vestir, e tão zelosos de boas obras, que nos assinalaremos como peculiares. Mas, quando perdemos o amor da ordem e a higiene em nossas roupas, deixamos virtualmente a verdade; pois esta nunca degrada, antes eleva. -- Mensagens aos Jovens, 353. OC 274 1 Minhas irmãs, vosso vestido ou está falando em favor de Cristo e da sagrada verdade, ou em favor do mundo. Qual será? -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. Bom gosto nas cores e desenhos OC 274 2 Deve-se manifestar bom gosto quanto às cores. A esse respeito, a uniformidade tanto é desejável como conveniente. Contudo, a tez pode ser tomada em consideração. Devem-se procurar cores discretas. Quando se usa material estampado, devem-se evitar desenhos grandes e berrantes, que demonstram vaidade e vão orgulho nos que os escolhem. O gosto extravagante de pôr cores diferentes é mau. -- The Health Reformer, Citado em Healthful Living, 120. Considerar a durabilidade e o trabalho OC 274 3 Nossas roupas, conquanto modestas e simples, devem ser de boa qualidade, de cores próprias, e adequadas ao uso. Devem ser escolhidas mais com vistas à durabilidade do que à aparência. Devem proporcionar agasalho e a devida proteção. A mulher prudente descrita nos Provérbios "não temerá, por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada". Provérbios 31:21. -- A Ciência do Bom Viver, 288. Comprar bom material é economia OC 274 4 É correto comprar bom material e confeccionar o vestuário com cuidado. Isso é economia. Mas não há necessidade de ricos enfeites, e neles condescender é gastar para a satisfação própria o dinheiro que devia ser empregado na causa de Deus. -- Conselhos Sobre Mordomia, 301. Lembrar-se das necessidades da vinha do Senhor OC 274 5 Devemos vestir-nos decentemente e com gosto; mas, minhas irmãs, quando estiverdes comprando e fazendo vossa própria roupa ou a de vossos filhos, pensai no trabalho da vinha do Senhor que ainda está esperando para ser feito. -- Conselhos Sobre Mordomia, 301. OC 274 6 Os mundanos gastam muito com o vestuário. Mas o Senhor exortou Seu povo a sair do mundo e ser separado. Roupas extravagantes ou dispendiosas não são apropriadas aos que professam crer que estamos vivendo nos últimos dias. ... OC 275 1 Praticai economia em vosso dispêndio de meios com o vestuário. Lembrai-vos de que o que vestis exerce constante influência sobre aqueles com quem entrais em contato. Não dissipeis vossos meios, que são muito necessários em qualquer outro lugar. Não gasteis o dinheiro do Senhor para satisfazer o gosto de vestes dispendiosas. -- Manuscrito 24, 1904. Simplicidade no vestuário é forma de testemunhar OC 275 2 A simplicidade no vestuário fará a mulher sensata ter mais vantagens na aparência. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. OC 275 3 Trajai-vos como um cristão se deve trajar -- adornai-vos com simplicidade e modéstia, como convém a mulheres que professam piedade, com boas obras. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1881. OC 275 4 Muitas pessoas, a fim de acompanhar as modas absurdas, perdem o gosto pela simplicidade natural e são fascinadas pelo que é artificial. Sacrificam o tempo e o dinheiro, o vigor do intelecto, a verdadeira elevação da alma, e dedicam todo o seu ser aos reclamos de uma vida de acordo com a moda. -- The Health Reformer, Abril de 1872. OC 275 5 Queridos jovens, vossa disposição para vestir-vos conforme a moda, usando, para satisfazer a vaidade, rendas, ouro e coisas artificiais, não recomenda aos outros a religião nem a verdade que professais. As pessoas discretas considerarão vosso desejo de enfeitardes o exterior como prova de que possuís mente débil e coração vaidoso. -- Mensagens aos Jovens, 348. Não deve haver ostentação imprópria OC 275 6 Lembrarei à juventude que se enfeita e usa plumas nos chapéus que, por causa de seus pecados, a cabeça do Salvador foi coroada com vergonhosa coroa de espinhos. Quando empregais vosso precioso tempo em adornar os trajes, lembrai-vos de que o Pai da glória usou simples manto sem costura. Vós que vos cansais procurando enfeites para vossa pessoa, por favor, tende presente que Jesus muitas vezes Se cansou em contínuo trabalho, em abnegação e sacrifício para abençoar aos que sofriam e estavam necessitados. ... Por nossa causa, com forte clamor e lágrimas, elevou Ele Suas orações a Seu Pai. Para salvar-nos do orgulho e do amor à vaidade e prazer que agora abrigamos, e que excluem o amor de Jesus, foram derramadas essas lágrimas, e o semblante do Salvador Se alterou de tristeza e angústia, mais que o de qualquer dos filhos dos homens. -- Testimonies for the Church 3:379, 380. Adornos desnecessários OC 276 1 Passai sem os adornos desnecessários, pondo de lado, para o avanço da causa de Deus, os meios assim economizados. Aprendei a lição de abnegação, e ensinai-a aos vossos filhos. -- Conselhos Sobre Mordomia, 301, 302. Um ponto esclarecido OC 276 2 Freqüentemente me é feita a pergunta se eu creio ser errado usar simples golas de linho(3). Minha resposta sempre tem sido: Não. Alguns têm dado extremada significação ao que escrevi acerca das golas, e têm afirmado que é errado usar qualquer gola das descritas. Foram-me mostradas dispendiosas golas trabalhadas, e fitas e laços dispendiosos e desnecessários, que alguns observadores do sábado têm usado, e ainda usam por amor à demonstração e à moda. Ao mencionar as golas não desejava que se entendesse que nada que se assemelha a uma gola deva ser usado; ao mencionar as fitas, que nenhuma fita deveria ser absolutamente usada. -- Testimonies for the Church 1:135, 136. Enfeites extravagantes ou exagerados OC 276 3 Nossos pastores e suas esposas devem ser um exemplo na simplicidade do vestir; devem trajar-se com elegância, confortavelmente, usando bom material, mas evitando tudo o que se assemelhe a extravagância e adornos, mesmo que não seja dispendioso; pois essas coisas testificam contra nós. Devemos educar os jovens na simplicidade do vestuário; simplicidade com elegância. Sejam os enfeites extras postos de lado, ainda que o custo seja uma ninharia. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 180. Não para a ostentação OC 276 4 A verdadeira elegância não acha satisfação no adorno do corpo para ostentação. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 93. OC 276 5 A Bíblia ensina modéstia no vestuário. "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto." 1 Timóteo 2:9. Isso proíbe ostentação nos vestidos, cores berrantes, profusa ornamentação. Tudo que tenha como objetivo chamar a atenção para a pessoa, ou provocar admiração, está excluído do traje modesto recomendado pela Palavra de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 302. OC 276 6 A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como o amor das diversões? -- Testemunhos Selectos 1:350. Ornamentos imperecíveis OC 277 1 Existe um ornamento imperecível, o qual promoverá a felicidade de todos ao redor de nós nesta vida e fulgirá com brilho que não desmerece no futuro imortal. É o adorno de um espírito manso e humilde. Deus nos manda usar na alma o mais precioso vestido. ... Em lugar de buscar ornamentos de ouro para o exterior, far-se-ia então diligente esforço para obter aquela sabedoria que é mais valiosa que o fino ouro. -- Testemunhos Selectos 1:597, 598. OC 277 2 Quão pouco valor têm o ouro, as pérolas ou custosa ostentação comparados à beleza de Cristo! A beleza natural consiste da simetria ou da harmoniosa proporção das partes, de uma para com outra; mas a beleza espiritual consiste na harmonia ou semelhança de nossa alma com Jesus. Isso tornará seu possuidor mais precioso que o ouro fino, mesmo o ouro de Ofir. A graça de Cristo é, de fato, adorno de incalculável preço. Eleva e enobrece seu possuidor, reflete raios de glória sobre outros, atraindo-os também para a fonte de luz e bênçãos. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1881. A atração da genuína beleza OC 277 3 Em todas as pessoas há uma tendência natural de ser mais sentimentais que práticas. Em vista desse fato, é importante que os pais, na educação dos filhos, lhes dirijam e eduquem a mente para amar a verdade, o dever e a abnegação, e para possuir nobre independência na escolha do que é direito, ainda que a maioria escolha estar errada. ... OC 277 4 Se preservarem para si sã constituição e amável temperamento, possuirão uma verdadeira beleza que com a graça divina poderão usar. E nenhuma necessidade terão de se adornar com artifícios, pois esses sempre exprimem ausência do adorno interior, de verdadeiro valor moral. Um belo caráter tem valor à vista de Deus. Tal beleza atrairá, mas não desencaminhará. Tais encantos são cores firmes; nunca esmaecem. -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1875. OC 277 5 A religião pura de Jesus requer de seus seguidores a simplicidade da beleza natural e o lustro do refinamento natural e da elevada pureza, em vez do que é artificial e falso. -- Testimonies for the Church 3:375. Ensinar as crianças a reconhecer o vestuário razoável OC 278 1 Sejamos fiéis aos deveres da vida doméstica. Compreendam vossos filhos que ali deve reinar a obediência. Ensinai-lhes a distinguir entre o que é sensato e o que não o é em matéria de vestuário, e dai-lhes roupas que sejam próprias e simples. Como um povo que se prepara para a breve volta de Cristo, devemos dar ao mundo um exemplo de traje modesto, em contraste com a moda reinante do dia. Falai sobre essas coisas, e planejai sabiamente o que fareis; então ponde em prática vossos planos, em vossa família. Determinai ser orientados por princípios mais elevados que as noções e desejos de vossos filhos. -- Manuscrito 45, 1911. OC 278 2 Se nosso coração estiver unido com o de Cristo, ... coisa alguma será colocada sobre a pessoa para atrair atenção ou criar controvérsia. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 131. Roupas que assentem bem e que sejam adequadas OC 278 3 Minha irmã, ligai vossos filhos pelo afeto ao vosso coração. Dedicai-lhes o devido cuidado e atenção em todas as coisas. Dai-lhes roupas apropriadas, para que não sejam mortificados por sua aparência, pois isso seria prejudicial ao seu respeito próprio. ... Sempre é correto estar asseado e bem vestido, de um modo próprio de sua idade e posição social. -- Testimonies for the Church 4:142. O corpo não deve ser comprimido OC 278 4 O vestido deve adaptar-se facilmente, nem impedindo a circulação do sangue, nem uma respiração livre, ampla e natural. Os pés devem ser devidamente protegidos do frio e da umidade. Vestidos dessa maneira, podemos fazer exercício ao ar livre, mesmo no orvalho da manhã ou da noite, ou depois de cair uma chuva ou neve, sem temer resfriar-nos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 89, 90. O vestuário das crianças OC 278 5 Se a roupa da criança reúne o calor, a proteção e o conforto, ficará excluída uma das principais causas de irritação e desassossego. O pequenino terá melhor saúde, e a mãe não achará tão pesado cuidar dele. Faixas apertadas impedem o funcionamento do coração e dos pulmões, devendo ser evitadas. Parte alguma do corpo jamais deve ficar mal acomodada por meio de roupas que comprimam qualquer órgão, ou restrinjam sua liberdade de movimento. As roupas de toda a criança devem ser bastante folgadas a fim de permitir a mais livre e ampla respiração, e arranjadas de maneira que os ombros lhes suportem o peso. -- A Ciência do Bom Viver, 382. Extremidades devidamente vestidas OC 279 1 Especial atenção deve ser dada às extremidades, para que estejam inteiramente vestidas como o peito e a região sobre o coração, onde maior é a quantidade de calor. Os pais que vestem as crianças com os membros desnudos, ou quase assim, sacrificam a saúde e a vida dos filhos à moda. Se tais partes não estiverem tão aquecidas como o corpo, a circulação não é equilibrada. As extremidades, que ficam distantes dos órgãos vitais, não são devidamente agasalhadas, o sangue é levado para a cabeça, causando dor de cabeça ou hemorragia nasal; ou há uma sensação de plenitude no peito, produzindo tosse ou palpitação do coração, por haver sangue demais nessas localidades; ou o estômago tem sangue em demasia, causando indigestão. OC 279 2 A fim de seguir as modas, as mães vestem os filhos com os membros quase desnudos; e o sangue é resfriado, ao voltar de seu curso natural e lançado nos órgãos internos, interrompendo a circulação e produzindo enfermidade. Os membros não foram formados por nosso Criador para suportar tanta exposição como o rosto. O Senhor proveu à face uma imensa circulação, pois ela deve ficar exposta. Ele proveu, também, grandes veias e nervos para os membros e os pés, para conter grande quantidade do fluxo sangüíneo, a fim de que os membros pudessem estar tão uniformemente aquecidos como o corpo. Devem estar tão completamente agasalhados que conduzam o sangue para as extremidades. Satanás inventou as modas que deixam os membros expostos, resfriando o fluxo sangüíneo ao voltar de seu curso original. E os pais se curvam ante o altar da moda de tal maneira vestindo os filhos que os nervos e veias ficam contraídos e não desempenham o propósito que Deus para eles determinou. O resultado é, habitualmente, pés e mãos frios. Os pais que seguem a moda em vez de à razão, terão contas a prestar a Deus, por assim roubarem a saúde dos filhos. Mesmo a própria vida, freqüentemente é sacrificada ao deus da moda. -- Testimonies for the Church 2:531, 532. Distinção entre vestuário de homem e de mulher OC 279 3 Há uma crescente tendência de as mulheres serem em seu vestuário e aparência tão semelhantes ao outro sexo quanto possível e de confeccionarem seu vestuário muito semelhante ao do homem, mas Deus declara que isso é uma abominação. "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia." 1 Timóteo 2:9. ... OC 280 1 Deus determinou que houvesse plena distinção entre o vestuário do homem e da mulher, e considera essa questão de suficiente importância para dar explícita orientação a esse respeito; pois o mesmo vestuário usado por ambos os sexos causaria confusão e grande aumento do crime. -- Testimonies for the Church 1:457-460. Vestuário para a igreja OC 280 2 Que ninguém desonre a casa de Deus com enfeites ostensivos! -- Testemunhos Selectos 2:202. OC 280 3 Todos deveriam ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior, que é impróprio da casa de Deus. Cumpre evitar toda ostentação em matéria de roupa, que somente serviria para estimular a irreverência. Não raro a atenção das pessoas é dirigida sobre esta ou aquela peça de roupa e deste modo são sugeridos pensamentos que não deviam ocorrer no coração dos adoradores. Deus é que deve ser o objeto exclusivo de nossos pensamentos e adoração; qualquer coisa tendente a desviar o espírito de seu culto solene e sagrado constitui uma ofensa a Ele. A exibição de enfeites, como laços, fitas e penachos, bem como ouro ou prata, é uma espécie de idolatria que não deve estar associada ao culto sagrado de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:201, 202. OC 280 4 Alguns mantêm a idéia de que, a fim de fazer essa separação do mundo que a Palavra de Deus exige, devem ser negligentes no vestuário. Há uma classe de irmãs que pensam estar pondo em prática os princípios de não conformação com o mundo, usando um gorro ordinário e o mesmo vestido por elas envergado durante a semana, no sábado, ao aparecerem na assembléia dos santos para prestar culto a Deus. E alguns homens, que professam ser cristãos, vêem a questão do vestuário na mesma luz. Reúnem-se essas pessoas com o povo de Deus no sábado, com as roupas poeirentas e sujas, e mesmo com rasgões nas roupas que lhes cobrem o corpo de maneira desalinhada. OC 280 5 Tivesse essa classe o compromisso de se encontrar com algum amigo honrado pelo mundo, por quem desejassem ser especialmente favorecidos, e se esforçariam por aparecer em sua presença com o melhor traje que pudessem obter; pois esse amigo se sentiria insultado caso fossem à sua presença com o cabelo despenteado, e as roupas sujas e em desordem. Contudo, essas pessoas pensam que não importa com que roupa aparecem, ou qual a condição em que estão, quando se reúnem no sábado para adorar ao grande Deus. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. O vestuário não se deve tornar assunto de controvérsia OC 280 6 Não há necessidade de fazer do assunto do vestuário o ponto principal de vossa religião. Há algo mais valioso de que falar. Falai em Cristo; e quando o coração estiver convertido, tudo o que não está em harmonia com a Palavra de Deus será banido. -- Evangelismo, 272. OC 281 1 Não é vossa roupa que vos torna valiosos aos olhos do Senhor. É o adorno interior, são as graças do Espírito, a palavra bondosa, a atenciosa consideração para com outros, que Deus aprecia. -- Conselhos Sobre Mordomia, 301. Ninguém deve servir de consciência para o outro OC 281 2 Não incentiveis uma classe que centraliza sua religião no vestuário. Cada um estude os claros ensinos das Escrituras quanto à simplicidade e singeleza do vestuário e, pela fiel obediência a esses ensinos, se esforce para dar digno exemplo ao mundo e aos novos na fé. Deus não quer que nenhuma pessoa seja consciência para outra. OC 281 3 Falai do amor e da humildade de Jesus, mas não animeis os irmãos e irmãs a se empenharem em achar falhas no vestuário ou aparência uns dos outros. Alguns se deleitam nesse trabalho; e quando seu espírito se volta nessa direção começam a achar que se devem tornar palmatórias da igreja. Sobem à cátedra de juízes e, logo que vêem um de seus irmãos e irmãs, procuram algo para criticar. É esse um dos mais eficiente meios de se tornar de espírito acanhado, e de impedir o crescimento espiritual. Deus quer que desçam da cadeira do juiz, pois ali nunca os colocou. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 122, 123. O coração deve estar certo OC 281 4 Se somos cristãos, seguiremos a Cristo ainda mesmo que o caminho em que tenhamos de andar contrarie as nossas inclinações naturais. Não há necessidade de vos dizer que não deveis usar isto ou aquilo, pois se o amor dessas coisas vãs estiver em vosso coração, pôr de parte os vossos adornos apenas se assemelhará ao cortar a folhagem de uma árvore. As inclinações do coração natural de novo surgiriam. Deveis ter consciência própria. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1892. Onde muitas denominações perdem seu poder OC 281 5 A razão humana tem sempre buscado esquivar-se às simples e definidas instruções da Palavra de Deus, ou pô-las à margem. Em todos os séculos, uma maioria dos professos seguidores de Cristo tem desrespeitado esses preceitos que ordenam abnegação e humildade, que requerem modéstia e simplicidade de conversação, conduta e modo de vestir. O resultado tem sido sempre o mesmo -- o afastamento dos ensinos evangélicos leva à adoção das modas, costumes e princípios do mundo. A piedade vital cede lugar ao morto formalismo. A presença e o poder de Deus, retirados dos círculos amantes do mundo, encontram-se com uma classe de humildes adoradores dispostos a obedecer aos ensinos da Sagrada Palavra. Através de sucessivas gerações esta orientação tem sido seguida. Umas após outras se têm erguido as diferentes denominações e, abandonando a simplicidade, perderam, em grande medida, seu primitivo poder. -- Mensagens aos Jovens, 354. A norma da palavra de Deus OC 282 1 Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a este respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente nesse assunto. Se virem os filhos inclinando-se para a moda, devem, como Abraão, ordenar resolutamente a sua casa de acordo com seus princípios. Em vez de vincular os filhos ao mundo, devem uni-los a Deus. -- Testemunhos Selectos 2:202. ------------------------Capítulo 67 -- O fascinante poder da moda A moda é uma dominadora tirana OC 282 2 A moda governa o mundo; e é uma senhora tirana, compelindo freqüentemente seus devotos a submeter-se aos maiores inconvenientes e desconforto. A moda impõe tributos sem razão e os recolhe sem misericórdia. Exerce fascinante poder e está pronta a criticar e a ridicularizar a todos os que não lhe seguem. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 85. OC 282 3 Os ricos têm o desejo de suplantar uns aos outros ao sujeitar-se às modas que estão sempre em mudança; os de classe média e mais pobres esforçam-se por aproximar-se da norma estabelecida pelos que supõem acima de si. Onde os meios e as forças são limitados, e o desejo de sobressair é grande, o peso se torna quase insuportável. Para muitos, não importa quão próprio ou mesmo bonito um vestido possa ser, no caso de se mudar a moda, tem de ser reformado ou posto de lado. -- Educação, 246. OC 283 1 Satanás, o instigador e força motriz dos decretos sempre mutáveis e nunca satisfatórios da moda, está sempre ocupado em inventar alguma coisa nova que se demonstre prejudicial à saúde física e moral; e triunfa por seus ardis terem tão bom êxito. A morte ri de que a loucura destruidora da saúde e o zelo cego dos adoradores no altar da moda os ponham com tanta facilidade sob seu domínio. A felicidade e o favor de Deus são postos sobre o seu altar. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 85. OC 283 2 A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos, a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário. -- Testemunhos Selectos 2:393. O preço que alguns pagam OC 283 3 Quão contrários aos princípios dados nas Escrituras são muitos dos modelos de vestidos prescritos por ela! Pensai nos feitios que têm dominado nos últimos cem anos, ou mesmo nas últimas décadas. Quantos deles ... seriam ... julgados inadequados para uma senhora distinta, temente a Deus, e que se preza! ... Muita moça pobre, para ter um vestido de estilo, tem-se privado de roupa agasalhadora, pagando com a própria vida. Muitas outras, cobiçando a exibição e a elegância dos ricos, têm sido incitadas a caminhos desonestos e à vergonha. Muitos lares se têm privado de conforto, muitos homens têm sido arrastados à fraude ou à bancarrota, para satisfazer às extravagantes exigências da mulher e das filhas. -- A Ciência do Bom Viver, 290. Salvação em perigo, pela idolatria do vestuário OC 283 4 Por toda a parte se manifesta o orgulho e a vaidade; mas os que são inclinados a olhar o espelho a fim de admirar a si mesmos pouca inclinação terão para olhar à lei de Deus, o grande espelho moral. Essa idolatria do vestuário destrói tudo o que é humilde, manso e amável no caráter. Consome as preciosas horas que deveriam ser usadas na meditação, para exame do coração, para o estudo, com oração, da Palavra de Deus. ... Nenhum cristão se pode conformar com as modas desmoralizadoras do mundo, sem pôr em perigo a salvação de sua alma. -- The Review and Herald, 31 de Março de 1891. O amor à ostentação corrompe o lar OC 284 1 Ajudadas pela graça de Cristo, as senhoras podem fazer um trabalho grande e sublime. Por essa razão Satanás trabalha com suas artimanhas para inventar roupas segundo a moda, para que o amor à ostentação absorva de tal maneira a mente e o coração e as afeições, mesmo de professas mães cristãs deste século, que estas não tenham tempo para empregar na educação e preparo dos filhos ou no cultivo de sua própria mente e caráter, de modo que possam ser exemplos dos filhos, modelos de boas obras. Quando Satanás consegue o tempo e as afeições da mãe, está plenamente ciente de quanto ganhou. Em nove casos dentre dez, ele tem conseguido a dedicação de toda a família ao vestuário e à ostentação frívola. Ele conta os filhos entre as suas presas, pois capturou a mãe. -- Manuscrito 43, 1900. OC 284 2 As crianças ouvem mais de vestidos do que da salvação. ... Porque a mãe se acha mais familiarizada com a moda do que com o seu Salvador. -- Testemunhos Selectos 1:597. OC 284 3 Pais e filhos são privados daquilo que é melhor, mais doce e mais verdadeiro na vida. Por amor da moda são roubados da preparação para a vida futura. -- A Ciência do Bom Viver, 291. Resistir à maré OC 284 4 Muitas das preocupações da mãe resultam do seu esforço para acompanhar as modas do dia. Terrível é o efeito dessas modas sobre a saúde física, mental e moral. Faltando-lhes a coragem para ficarem firmes ao lado do direito, senhoras permitem que a corrente do sentimento popular as arraste em sua esteira. ... Com muita freqüência, professas mães cristãs sacrificam o princípio a seu desejo de seguir à multidão que faz da moda o seu deus. A consciência protesta, porém elas não são suficientemente corajosas para tomar posição decidida contra o erro. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. Pais, cuidado OC 284 5 Freqüentemente os pais vestem os filhos com roupas extravagantes, com muita ostentação de ornamento e então admiram abertamente o efeito de seus trajes e os cumprimentam por sua aparência. Esses pais insensatos se encheriam de consternação se pudessem ver como Satanás lhes apóia os esforços e os impele para maiores loucuras. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. Um problema de muitas mães OC 285 1 Ao verem um vestido diferente do que possuem vossas filhas são inclinadas a desejar um idêntico. Ou talvez desejem qualquer outra coisa que vêem os outros possuírem, que achais não estar de acordo com vossa fé conceder-lhes. Permitir-lhes-eis importunar-vos tanto que consigam isso de vós, deixando que elas vos moldem em vez de as moldardes vós, de acordo com os princípios do evangelho? Nossos filhos são muito preciosos à vista de Deus. Ensinemos-lhes a Palavra de Deus, educando-os nos Seus caminhos. É vosso privilégio ensinar os filhos a viver de tal maneira que tenham a aprovação dos Céus. ... OC 285 2 Não encorajemos nossos filhos a seguirem as modas do mundo; e se formos fiéis em lhes dar o ensino correto, eles não as seguirão. As modas do mundo freqüentemente tomam uma forma ridícula, e deveis tomar firme posição contra elas. -- Manuscrito 45, 1911. Resultados do amor à ostentação OC 285 3 O amor do vestuário e do prazer está arruinando a felicidade de milhares. E alguns dos que professam amar e observar os mandamentos de Deus imitam esta classe o mais de perto compatível com o ainda conservarem o nome de cristãos. Alguns dos jovens são tão ansiosos de exibição, que estão mesmo dispostos a desistir desse nome de cristãos se tão-somente puderem seguir sua inclinação pela vaidade no vestuário e o amor dos prazeres. -- Testemunhos Selectos 1:350. OC 285 4 As famílias que gastam demasiado tempo em se vestir para a ostentação podem assemelhar-se à figueira que Cristo viu de longe. Essa figueira ostentava seus ramos floridos mesmo diante da justiça; mas quando Jesus veio procurar fruto examinou-a do ramo mais alto até os galhos mais baixos e nada achou senão folhas. É de frutos que Ele tem fome; frutos deve Ele receber. -- Manuscrito 67, 1903. Não satisfazem às filhas de Deus OC 285 5 Há suficiente labor necessário e importante neste mundo cheio de carência e sofrimentos, sem que se gastem preciosos momentos para ornamentação ou ostentações. As filhas do celeste Rei, os membros da família real, sentirão o peso da responsabilidade quanto a atingirem vida mais elevada, para que sejam postas em mais íntima comunhão com o Céu, e trabalhem em uníssono com o Redentor do mundo. Os que se acham empenhados nessa obra não se satisfarão com as modas e tolices que absorvem a mente e as afeições das mulheres nestes últimos dias. Caso sejam realmente filhas de Deus, serão participantes da natureza divina. Serão movidas pela mais profunda piedade, como o foi o Seu divino Redentor, ao contemplarem as corruptoras influências existentes na sociedade. Compartilharão dos sentimentos de Cristo e, em sua esfera, segundo as aptidões e oportunidades de que dispuserem, trabalharão para salvar as almas que perecem, da mesma maneira que Cristo, em Sua elevada esfera, trabalhou em benefício do homem. -- Testemunhos Selectos 1:412. ------------------------Capítulo 68 -- Predominância de vícios corruptores Era de abundante iniqüidade OC 286 1 Vivemos em meio dos perigos dos últimos dias. Por se generalizar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. A palavra "muitos" refere-se aos professos seguidores de Cristo. Eles são afetados pela iniqüidade dominante, e se afastam de Deus; não é, porém, necessário que eles assim sejam afetados. A causa desse declínio é eles não se manterem limpos da iniqüidade. O fato de seu amor para com Deus estar esfriando por sobrar iniqüidade, mostra que eles são em certo sentido participantes dessa iniqüidade, do contrário ela não lhe afetaria o amor para com Deus, e seu zelo e fervor em Sua causa. -- Testemunhos Selectos 1:256. A influência de livros e figuras degradantes OC 287 1 Muitos dentre os jovens são ávidos por livros. Lêem tudo que podem obter. As provocantes histórias de amor e os quadros impuros exercem uma influência corruptora. As novelas são lidas por muitos com avidez e, em resultado, sua imaginação se torna corrompida. Nos trens, fotografias de mulheres nuas são freqüentemente oferecidas à venda. Esses quadros repugnantes também são encontrados em estúdios fotográficos, e são dependurados nas paredes dos que trabalham com gravações em relevo. É esta uma época em que a corrupção prolifera por toda parte. A concupiscência dos olhos e as paixões corruptas sã despertadas pela contemplação e a leitura. O coração é corrompido pela imaginação. O espírito se compraz em contemplar cenas que despertam as mais baixas e vis paixões. Essas desprezíveis imagens, vistas através de uma imaginação deturpada, corrompem a moral e preparam as criaturas enganadas e imprudentes para darem rédeas soltas às paixões pecaminosas. Então se seguem pecados e crimes que arrastam os seres formados à imagem de Deus ao baixo nível dos animais, mergulhando-os afinal na perdição. -- Testimonies for the Church 2:410. Licenciosidade, pecado especial OC 287 2 Foi-me apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniqüidade alastra-se por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial deste século. Jamais o vício ergueu a cabeça disforme com tal ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os amantes da virtude e da verdadeira piedade acham-se quase desanimados por sua ousadia, força e predominância. -- Testemunhos Selectos 1:256. OC 287 3 Foi-me apresentado (Romanos 1:18-32), como verdadeira descrição do mundo antes da segunda vinda de Cristo. -- An Appeal to Mothers, 27. OC 287 4 É o pecado, e não as provas de sofrimento, que separa Deus de Seu povo e torna a alma incapaz de apreciá-Lo e glorificá-Lo. É o pecado que está destruindo almas. Pecado e vício existem em famílias de observadores do sábado. -- Testimonies for the Church 2:390, 391. O ataque de Satanás à juventude OC 287 5 É obra especial de Satanás nestes últimos dias, tomar posse da mente dos jovens, corromper os pensamentos e inflamar as paixões, pois sabe que assim fazendo, pode levar a ações impuras, e assim se tornarão vis todas as nobres faculdades da mente, e ele poderá dirigi-las para satisfazer aos seus próprios propósitos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 136. O futuro da sociedade OC 288 1 A juventude de hoje é um indicativo certo do futuro da sociedade e, ao vê-la, que podemos esperar desse futuro? A maioria é amante dos prazeres e avessa ao trabalho. ... Tem muito pouco domínio próprio, e fica exaltada e furiosa ante a mais leve ocorrência. Muitíssimos, em qualquer época e condição social, são sem princípio e consciência; e com seus hábitos ociosos e esbanjadores correm para o vício e corrompem a sociedade, até se estar tornando o mundo uma segunda Sodoma. Estivessem os apetites e paixões sob o domínio da razão e da religião, e a sociedade apresentaria um aspecto muitíssimo diferente. Deus nunca determinou que existisse a presente condição calamitosa; tem sido produzida pela crassa violação das leis da natureza. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 45. Os problemas do abuso OC 288 2 Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado da masturbação e seus seguros resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado. -- Testemunhos Selectos 1:257. OC 288 3 Jovens e crianças de ambos os sexos se entregam a poluição moral, e praticam esse repulsivo vício, destruidor da alma e do corpo. Muitos professos cristãos acham-se tão embotados pela mesma prática, que suas sensibilidades morais não podem ser despertadas para compreender que isso é pecado e que, se nisso continuam, os seguros resultados serão completa ruína do corpo e da mente. O homem, o ser mais nobre da Terra, formado à imagem de Deus, transforma-se em animal! Faz-se grosseiro e corrupto. Todo cristão terá de aprender a refrear as paixões e a ser regido por princípios. A menos que assim faça, é indigno do nome de cristão. -- Testemunhos Selectos 1:256, 257. OC 288 4 A corrupção moral tem feito mais do que qualquer outro mal para causar a degeneração da humanidade. É praticada em alarmante grau e traz doenças de quase todas as espécies descritas. Mesmo crianças, nascidas com irritabilidade natural dos órgãos sexuais, encontram alívio momentâneo em tocá-los, o que apenas aumenta a irritação e leva à repetição do ato, até se estabelecer um hábito, que aumenta com o crescimento. -- Testimonies for the Church 2:391. As tendências licenciosas são herdadas OC 289 1 Geralmente os pais não suspeitam que os filhos compreendem algo a respeito do vício. Em muitíssimos casos, os pais são os verdadeiros pecadores. Têm abusado dos privilégios matrimoniais e, pela condescendência, fortalecido suas paixões sensuais. E ao se fortalecerem estas, têm-se enfraquecido as faculdades morais e intelectuais. O espiritual tem sido superado pelo animalesco. Nascem crianças com tendências animais grandemente desenvolvidas, tendo-lhes sido transmitido o próprio retrato do caráter dos pais. ... Os filhos nascidos desses pais quase que invariavelmente se inclinam aos repulsivos hábitos da masturbação. ... Os pecados dos pais serão visitados sobre seus filhos, pois os pais lhes têm dado o estigma das próprias tendências licenciosas. -- Testimonies for the Church 2:391. Uma fascinante escravidão OC 289 2 Tenho sentido profundamente, ao ver a poderosa influência das paixões sensuais no controle de homens e mulheres de inteligência e habilidade fora do comum. Seriam capazes de se empenhar numa boa obra, de exercer poderosa influência, não estivessem escravizados por baixas paixões. Minha confiança na humanidade tem sido terrivelmente abalada. OC 289 3 Tem-me sido mostrado que pessoas de comportamento aparentemente bom, que não tomam injustificável liberdade com o outro sexo, eram culpadas de praticar a masturbação quase todos os dias de sua vida. Não se têm afastado desse terrível pecado, mesmo durante as mais solenes reuniões. Têm ouvido os mais solenes e impressionantes sermões sobre o juízo, que pareciam colocá-las diante do tribunal de Deus, fazendo-as temer e tremer; no entanto, mal passada uma hora essas pessoas continuam em seu pecado favorito e fascinante, corrompendo seu próprio corpo. Eram tão escravas do terrível crime que pareciam destituídas de poder para controlar suas paixões. Temos trabalhado fervorosamente por alguns deles, temos rogado, temos chorado e orado por eles; no entanto, sabemos que, mesmo em meio a todo o nosso esforço e angústia, a força horrível do hábito pecaminoso tem obtido a vitória e esses pecados têm sido cometidos. -- Testimonies for the Church 2:468, 469. O conhecimento do vício é espalhado OC 289 4 Os que assim se têm tornado tão completamente firmados nesse vício destruidor da alma e do corpo, raramente podem descansar enquanto sua carga de mal secreto não é comunicada àqueles com quem se associam. Desperta-se a curiosidade, e o conhecimento do vício é passado de jovem para jovem, de criança para criança, até dificilmente encontrar-se um que ignore a prática desse pecado degradante. -- Testimonies for the Church 2:392. OC 290 1 Uma mente corrompida pode semear mais semente má num curto período de tempo do que muitos a podem arrancar em toda a vida. -- Testimonies for the Church 2:403. ------------------------Capítulo 69 -- Os efeitos de práticas prejudiciais A energia vital é esgotada OC 290 2 A prática de hábitos secretos certamente destrói as forças vitais do organismo. Toda ação vital desnecessária será seguida de correspondente depressão. Entre os jovens, o capital vital, o cérebro, é tão severamente submetido a esforço, em tenra idade, que há uma deficiência e grande exaustão, que deixam o organismo exposto a enfermidades de várias espécies. -- An Appeal to Mothers, 28. Predispõe a várias doenças OC 290 3 Se a prática é continuada nas idades de quinze anos e daí para cima, o organismo protesta contra o prejuízo já sofrido, e continua a sofrer, e os fará pagar a pena da transgressão de suas leis, especialmente nas idades de trinta a quarenta e cinco anos, por muitas dores no organismo e várias doenças, tais como afecções do fígado e dos pulmões, neuralgia, reumatismo, afecções da espinha, enfermidades nos rins, e tumores cancerosos. Alguns dos delicados mecanismos da natureza cedem, deixando uma tarefa mais pesada para os restantes realizarem, o que lhe desorganiza o delicado arranjo, havendo freqüentemente repentina decadência física, cujo resultado é a morte. -- An Appeal to Mothers, 18. O sexto mandamento é violado OC 290 4 Tirar repentinamente o vida de alguém não é maior pecado à vista do Céu que destruí-la gradual mas seguramente. As pessoas que sobre si trazem decadência certa, por praticar o mal, sofrerão a penalidade aqui e, a menos que haja completo arrependimento, não serão mais admitidas no Céu do que aquele que destrói repentinamente a vida. A vontade de Deus estabelece a conexão entre a causa e seus efeitos. -- An Appeal to Mothers, 26. Mente pura também sujeita à doença OC 291 1 Não incluímos todos os jovens fracos como culpados de maldade. Há os que têm mente pura e são conscienciosos, que sofrem por diferentes causas sobre as quais não têm domínio. -- An Appeal to Mothers, 23. Faculdades mentais enfraquecidas OC 291 2 Os pais afetuosos e condescendentes condoem-se dos filhos porque imaginam que suas lições são uma tarefa grande demais, e que sua intensa aplicação ao estudo lhes está arruinando a saúde. De fato, não é recomendável sobrecarregar a mente dos jovens com estudos em demasia e por demais difíceis. Mas, pais, não considerastes com maior profundidade esse assunto do que meramente aceitar a idéia sugerida por vossos filhos? Não tendes dado crédito depressa demais às razões aparentes de sua indisposição? Convém aos pais e tutores olhar sob a superfície em busca da causa. -- Testimonies for the Church 4:96, 97. OC 291 3 A mente de algumas dessas crianças está tão enfraquecida que apenas tem metade ou um terço do brilho intelectual que poderiam ter, caso tivessem sido virtuosas e puras. Elas o têm desperdiçado no abuso de si mesmas. -- Testimonies for the Church 2:361. Resoluções elevadas e vida espiritual destruídas OC 291 4 A masturbação destrói as boas resoluções, o esforço fervoroso, e a força de vontade para formar um bom caráter religioso. Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que significa ser cristão sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões não podem ser seguidores de Cristo. Estão devotados demais ao serviço de seu mestre, o originador de todo o mal, para abandonarem seus hábitos corruptos e escolherem o serviço de Cristo. -- An Appeal to Mothers, 9, 10. Religião destituída de poder OC 292 1 Alguns dos que professam ser seguidores de Cristo sabem que estão pecando contra Deus e arruinando sua saúde, mas são escravos de suas próprias paixões corruptas. Sentem uma consciência carregada e cada vez têm menos inclinação para se aproximarem de Deus em oração secreta. Podem conservar a forma de religião, e assim mesmo estarem destituídos da graça de Deus no coração. Não têm apego ao Seu serviço, nenhuma confiança nEle, não vivem para Sua glória, nenhum prazer têm em Suas ordenanças, e nenhum deleite nEle. -- An Appeal to Mothers, 25. Parece perdido o poder do domínio próprio OC 292 2 Alguns reconhecerão o mal das condescendências pecaminosas, todavia se desculparão dizendo que não lhes é possível vencer as paixões. Isso é coisa terrível de ser admitida por qualquer pessoa que profere o nome de Cristo. "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade." 2 Timóteo 2:19. Por que essa fraqueza? É porque as propensões animais têm sido fortalecidas pelo exercício, até que tomaram ascendência sobre as faculdades superiores. Homens e mulheres carecem de princípios. Estão morrendo espiritualmente, por haverem tão longamente nutrido seus apetites naturais, que sua capacidade de governar-se parece haver desaparecido. As paixões inferiores de sua natureza têm tomado as rédeas, e o que devia ser o poder dirigente tem-se tornado o servo da paixão corrupta. A alma é mantida na mais baixa servidão. A sensualidade tem extinguido o desejo de santidade, e ressecado o viço espiritual. -- Testimonies for the Church 2:348. Impedida a comunhão com o céu OC 292 3 Solenes mensagens vindas do Céu não podem impressionar fortemente o coração não fortalecido contra a condescendência com esse degradante vício. Os sensitivos nervos do cérebro perderam o saudável tono devido à excitação mórbida para satisfazer um desejo não natural de satisfação sensual. Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo são os únicos meios pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem, em influenciar sua vida mais íntima. Seja o que for que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades da mente. Em atenção a isto, como é importante que pastores e povo que professam piedade se apresentem limpos e imaculados quanto a tal vício degradante da alma! -- Testemunhos Selectos 1:257. Perdido o respeito próprio OC 293 1 Os efeitos de hábitos tão degradantes não são os mesmos sobre todas as mentes. Há algumas crianças que têm as faculdades morais grandemente desenvolvidas, e que, associando-se com crianças que têm o vício da masturbação, se iniciam na mesma prática. O efeito será com muita freqüência torná-las melancólicas, irritáveis e ciumentas. Apesar disso, elas podem não perder o respeito ao culto religioso nem demonstrar especial infidelidade quanto às coisas espirituais. Às vezes, sofrerão profundamente sentimentos de remorso, e se sentirão degradadas aos próprios olhos, perdendo o respeito próprio. -- Testimonies for the Church 2:392. A mente pode ser fortalecida contra a tentação OC 293 2 A força moral está excessivamente enfraquecida, ao entrar em conflito com hábitos estabelecidos. Os pensamentos impuros dominam a imaginação, e a tentação é quase irresistível. Estivesse a mente acostumada a contemplar assuntos elevados, a imaginação educada a ver coisas puras e santas e seriam fortalecidas contra a tentação. Demorar-se-iam sobre o que é celestial, puro, sagrado, e não poderiam ser atraídos para o degradante, corrupto e vil. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 135. Inteligentes nessas coisas OC 293 3 A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. Por que não lêem os homens e mulheres, tornando-se mais versados nessas coisas que tão decididamente afetam sua resistência física, intelectual e moral? Deu-vos Deus uma habitação para que dela cuideis, e a conserveis nas melhores condições para Seu serviço e Sua glória. Vosso corpo não vos pertence. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." 1 Coríntios 3:16, 17. -- Testemunhos Selectos 1:262, 263. ------------------------Capítulo 70 -- Advertências e conselhos Muitos casos têm sido revelados OC 294 1 Muitos casos me têm sido apresentados e, ao ter eu uma visão de sua vida interior, minha alma ficou acabrunhada e desgostosa, e com repugnância do apodrecimento do coração dos seres humanos que professam piedade e falam de trasladação para o Céu. Tenho-me perguntado freqüentemente: Em quem posso confiar? Quem está isento de iniqüidade? -- Testemunhos Selectos 1:259. OC 294 2 Encho-me de horror ao me ser apresentada a condição de famílias que professam a verdade presente. É quase incrível a depravação dos jovens e mesmo das crianças. Não sabem os pais que o vício está destruindo e desfigurando em seus filhos a imagem de Deus. Entre eles há os pecados que caracterizaram os sodomitas. Os pais são responsáveis, pois não educam os filhos a amar e obedecer a Deus. Não os têm reprimido, nem lhes têm ensinado diligentemente o caminho do Senhor. Têm-lhes permitido entrar e sair quando querem, e associarem-se com os mundanos. Essas influências mundanas que anulam o ensino e a autoridade paternos encontram-se grandemente na chamada boa sociedade. Por seu vestuário, aparência, divertimentos, cercam-se eles duma atmosfera contrária a Cristo. OC 294 3 Nossa única segurança é manter-nos como filhos peculiares de Deus. Não devemos ceder um milímetro ante os costumes e modas deste século degenerado, mas permanecer em independência moral, não assumindo nenhum compromisso com suas práticas corruptas e idólatras. -- Testimonies for the Church 5:78. O ignorante deve ser iluminado OC 294 4 Não importa quão elevada seja a profissão de uma pessoa, os que estão dispostos a empregar-se em satisfazer a concupiscência da carne não podem ser cristãos. Como servos de Cristo, sua ocupação, meditações e prazeres devem consistir de coisas mais excelentes. Muitos ignoram a pecaminosidade desses hábitos e seus resultados certos. Esses devem ser esclarecidos. -- An Appeal to Mothers, 25. Alguém que pediu orações para ser curado OC 295 1 Meu marido e eu assistimos uma vez a uma reunião em que nossas simpatias foram solicitadas para um irmão que sofria grandemente com a tuberculose. Achava-se magro e pálido. Ele pedia as orações do povo de Deus. Disse que a família estava doente, e que perdera um filho. Falava com sentimento acerca dessa perda. Disse que havia tempos esperava poder ver o irmão e a irmã White. Acreditava que, se orassem por ele, seria curado. Terminada a reunião, os irmãos chamaram-nos a atenção para o caso. Disseram que a igreja os estava ajudando, que a esposa estava doente, e lhe morrera o filho. Os irmãos se haviam reunido em sua casa, e orado pela família afligida. Nós estávamos muito fatigados, e tínhamos sobre nós a preocupação do trabalho durante a reunião, e desejávamos ser dispensados. ... OC 295 2 Curvamo-nos naquela noite em oração e apresentamos seu caso perante o Senhor. Rogamos que pudéssemos conhecer a vontade de Deus a seu respeito. Todo o nosso desejo era que Deus fosse glorificado. Queria o Senhor que orássemos por esse enfermo? Deixamos o caso com o Senhor e recolhemo-nos para descansar. Num sonho, o caso daquele homem me foi claramente apresentado. Foi mostrado o seu procedimento desde a infância, e que, se orássemos, o Senhor não nos ouviria; pois ele atendia à iniqüidade em seu coração. Na manhã seguinte, o homem veio para que orássemos por ele. Nós o tomamos de parte, e dissemos-lhe que sentíamos ser forçados a recusar o seu pedido. Contei-lhe meu sonho, que ele reconheceu ser a verdade. Ele praticava a masturbação desde a infância, e continuara nesta prática através de sua vida de casado, mas disse que procuraria romper com ela. Esse homem tinha um hábito longamente arraigado para vencer. Estava na metade da existência. Seus princípios morais estavam tão fracos que, quando postos em conflito com a condescendência há tanto arraigada, eram vencidos. ... OC 295 3 Ali estava um homem que se degradava diariamente, e todavia ousava arriscar-se a entrar na presença de Deus, e pedir um acréscimo da força que ele vilmente dissipara, e que, se concedida, consumiria em sua concupiscência. Que paciência a de Deus! Se Ele lidasse com o homem segundo os seus caminhos corruptos, quem poderia viver à Sua vista? Que seria se houvéssemos sido menos cautelosos e levado diante de Deus o caso desse homem, enquanto ele praticava iniqüidade, teria o Senhor ouvido e atendido? "Porque Tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à Tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade." Salmos 5:4, 5. ... OC 296 1 Este não é um caso isolado. Mesmo as relações matrimoniais não foram suficientes para preservar esse homem dos hábitos corruptos de sua adolescência. Quisera poder convencer-me de que casos como o que apresento são raros; sei, porém, que são freqüentes. -- Testemunhos Selectos 1:259-261. Um suicida OC 296 2 O Sr. _____ professava ser dedicado seguidor de Cristo. Sua saúde estava muito fraca. Nossos sentimentos de simpatia foram solicitados em seu favor. ... OC 296 3 Seu caso me foi apresentado em visão. Vi que estava enganado quanto a si mesmo, que não estava no favor de Deus. Praticara a masturbação até ser mero farrapo humano. Foi-me mostrado que esse vício é uma abominação à vista de Deus. ... OC 296 4 Praticara esse hábito por tanto tempo que parecia haver perdido o domínio de si mesmo. Naturalmente era um homem inteligente, que possuía mais que habilidades comuns. Mas como eram todas as faculdades do seu corpo e da sua mente trazidas em sujeição por Satanás e consumidas sobre o seu altar! Esse homem fora tão longe que parecia abandonado por Deus. Entrava nos bosques e passava dias e noites em jejum e oração para que pudesse vencer esse grande pecado, e então voltava aos seus velhos hábitos. Deus não lhe ouviu as orações. Pedira a Deus que fizesse por ele o que estivera em seu poder fazer por si mesmo. Prometera a Deus, repetidas vezes, e com tanta freqüência quebrara seus votos, entregando-se às corruptoras concupiscências, que Deus o deixara operar sua própria ruína. Ele já morreu. Foi um suicida. A pureza do Céu jamais será manchada por sua companhia. -- An Appeal to Mothers, 24-28. Apelo a uma jovem rebelde OC 296 5 Vossa mente é impura. Fostes por muito tempo poupada tanto das responsabilidades como do trabalho. Os deveres domésticos teriam sido uma das mais ricas bênçãos de que poderíeis ter desfrutado. O cansaço não vos teria prejudicado nem um décimo do que vos prejudicaram os vossos pensamentos e conduta lascivos. Tendes recebido idéias incorretas quanto à associação de rapazes e moças, e tem sido muito conveniente a seu modo de pensar estar em companhia de rapazes. Vosso coração e mente não são puros. Tendes sido prejudicada pela leitura de histórias de amor e romances, e vossa mente se tem sido fascinada por pensamentos impuros. Vossa imaginação tem-se tornado corrompida até parecer não terdes força para controlar os pensamentos. Satanás vos leva cativa de acordo com sua vontade. ... OC 297 1 Vossa conduta não tem sido pura, modesta ou conveniente. Não tendes o temor de Deus diante de vossos olhos. Com muita freqüência tendes dissimulado a fim de realizar os vossos planos que carregais uma consciência violada. Minha querida jovem, a menos que pareis exatamente onde estais, a ruína estará certamente diante de vós. Cessai vossas fantasias, a construção de castelos. Fazei cessar vossos pensamentos de correr no caminho da loucura e da corrupção. OC 297 2 Não vos podeis associar seguramente com os rapazes. Uma onda de tentação surge e se avoluma em vosso peito, tendo a tendência de erradicar princípios e virtudes femininas e a verdadeira modéstia. Se continuardes em vossa conduta voluntariosa e obstinada, qual será a vossa sorte? ... Correis perigo, pois estais justamente a ponto de sacrificar os interesses eternos no altar da paixão. A paixão está obtendo positivo domínio de todo o vosso ser -- e paixão de que qualidade? De natureza baixa, destruidora. Cedendo a ela, amargurareis a vida de vossos pais, trareis tristeza e vergonha às irmãs, sacrificareis o próprio caráter e perdereis o Céu e uma gloriosa vida imortal. Estais pronta a fazê-lo? ... OC 297 3 Sois presumida. Amais os rapazes e gostais de fazer deles o tema de vossa conversa. "Do que há em abundância no coração, disso fala a boca." Mateus 12:34. Os hábitos se têm tornado poderosos para vos dominar, e aprendestes a enganar a fim de executar vossos propósitos e realizar vossos desejos. Não considero perdido vosso caso; se considerasse, minha pena não estaria traçando estas linhas. Com o poder de Deus, podereis redimir o passado. ... OC 297 4 Evitai os rapazes. Em sua companhia, vossas tentações tornam-se sérias e poderosas. Tirai o casamento de vossa cabeça de menina. De maneira alguma estais preparada para ele. Necessitais de anos de experiência, antes de estardes habilitada a compreender os deveres e assumir as responsabilidades da vida de casada. Positivamente, guardai vossos pensamentos, vossas paixões e afeições. Não os degradeis para servirem à concupiscência. Elevai-os à pureza; dedicai-os a Deus. OC 297 5 Podeis tornar-vos moça prudente, modesta e virtuosa, mas não sem ardoroso esforço. Deveis vigiar, orar, meditar, deveis examinar vossos motivos e ações. Analisai intimamente vossos sentimentos e ações. Praticaríeis na presença de vosso pai um ato impuro? Não, verdadeiramente não. Mas o fazeis na presença de vosso Pai celestial, que é muito mais excelso, santo e puro! Sim; corrompeis o corpo na presença dos anjos puros e sem pecado e na presença de Cristo; e continuais a fazê-lo sem respeitar a consciência, sem tomar em consideração a luz e as advertências que vos foram dadas. Lembrai-vos de que todos os vossos atos são registrados. Deveis defrontar-vos novamente com as coisas mais secretas de vossa vida. ... OC 298 1 Novamente vos advirto, como alguém que deve deparar com estas linhas naquele dia em que o caso de todos será decidido. Entregai-vos a Cristo sem demora; só Ele, pelo poder de Sua graça, vos poderá redimir da ruína. Apenas Ele poderá levar vossas faculdades morais e mentais a um estado saudável. Vosso coração pode estar aquecido com o amor de Deus; o entendimento, claro e maduro; a consciência, iluminada, viva e pura; a vontade, reta e santificada, sujeita ao domínio do Espírito de Deus. Podeis fazer o que escolherdes. Se vos volverdes justamente agora, se cessardes de fazer o mal e aprenderdes a fazer o bem, então sereis verdadeiramente feliz; tereis êxito nas batalhas da vida e vos levantareis para a glória e honra, na vida melhor que esta. "Escolhei hoje a quem sirvais." Josué 24:15. -- Testimonies for the Church 2:559-565. Satanás trabalha enquanto os pais dormem OC 298 2 Esta uma época dissoluta. Meninos e meninas começam a dar atenção uns aos outros quando deviam estar no jardim da infância aprendendo a ser modestos no procedimento. Qual é o efeito dessa confusão comum? Aumenta a pureza dos jovens que assim se reúnem? Claro que não! Aumenta as primeiras paixões sensuais; depois de tais encontros, os jovens são enlouquecidos pelo diabo, e se entregam às suas práticas vis. OC 298 3 Os pais estão dormindo e não sabem que Satanás implantou justamente a infernal bandeira em sua casa. Fui levada a indagar: O que será dos jovens nesta época corrupta? Repito: os pais estão dormindo. As crianças estão enlouquecidas com apaixonado sentimentalismo e a verdade não tem poder para corrigir o mal. Que se poderá fazer para deter a onda de males? Se quiserem, os pais poderão fazer muito. OC 298 4 Caso uma menina que acaba de entrar na adolescência seja abordada com familiaridade por um rapaz de sua própria idade, ou mais velho, deve ser ensinada a indignar-se tanto com isso, que tais liberdades jamais se repitam. Quando a companhia de uma menina é freqüentemente procurada por meninos ou rapazes, algo está errado. Essa jovem precisa de uma mãe que lhe mostre seu lugar, que a restrinja, ensinando-lhe o que é próprio para uma menina de sua idade. A corruptora crença prevalecente de que, segundo o ponto de vista da saúde, devem os sexos misturar-se, tem realizado sua perniciosa obra. Quando os pais e tutores manifestarem um décimo da perspicácia de Satanás, então essa associação de sexos poderá ser quase inofensiva. Como está acontecendo, Satanás tem muito êxito em seus esforços para enfeitiçar a mente dos jovens; e a mistura de meninos e meninas apenas aumenta vinte vezes mais o mal. -- Testimonies for the Church 2:482, 483. O quadro não é colorido OC 299 1 Não vos enganeis em crer que, afinal de contas, esse assunto vos foi apresentado numa luz exagerada. Eu não colori o quadro. Declarei fatos que suportarão a prova do juízo. Despertai! Despertai! Suplico-vos antes que seja tarde demais para endireitar os erros, e vós e vossos filhos pereçais na ruína geral. Lançai mão do solene trabalho, trazendo em vosso auxílio todo o raio de luz que puderdes reunir e que tem brilhado sobre vosso caminho e que não apreciastes devidamente. E com o auxílio da luz que agora brilha, começai a examinar vossa vida e caráter, como se estivésseis diante do tribunal de Deus. -- Testimonies for the Church 2:401. OC 299 2 A menos que os pais despertem, não há esperança para os filhos. -- Testimonies for the Church 2:406. ------------------------Capítulo 71 -- A vigilância e o auxílio paternos Ensinar o domínio próprio desde a infância OC 299 3 Quão importante é que ensinemos aos nossos filhos o domínio próprio desde a própria infância, e lhes ensinemos a lição da submissão da vontade a nós! Se forem tão infelizes que aprendam maus hábitos, não conhecendo todos os maus resultados, podem ser reformados apelando-se-lhes à razão, e os convencendo de que tais hábitos arruínam a constituição e afetam a mente. Devemos mostrar-lhes que seja qual for a persuasão que pessoas corruptas possam usar para lhes acalmar os temores despertados e levá-los a ainda condescenderem com esses hábitos perniciosos, seja sua pretensão qual for, são seus inimigos e agentes do diabo. -- An Appeal to Mothers, 10. Puros e fortes OC 299 4 É um crime as mães permanecerem na ignorância quanto aos hábitos dos filhos. Se são puros, conservai-os assim. Fortalecei-lhes a mente jovem, e preparai-os para detestarem esse vício destruidor da saúde e da alma. -- An Appeal to Mothers, 13. OC 300 1 Satanás está controlando a mente dos jovens, e devemos trabalhar resoluta e fielmente para salvá-los. Crianças muito novas praticam esse vício, e ele aumenta sobre eles e se fortalece com os anos, até toda nobre faculdade do corpo e da alma estar degradada. Muitos poderiam ter sido salvos, caso fossem cuidadosamente instruídos quanto à influência dessa prática sobre sua saúde. Ignoravam o fato de que estavam trazendo sobre si mesmos muitos sofrimentos. ... OC 300 2 Mães, não podeis ser cuidadosas demais em evitar que vossos filhos aprendam hábitos baixos. É mais fácil aprender o mal do que erradicá-lo depois de aprendido. -- An Appeal to Mothers, 10, 11. Vigilância e cuidado OC 300 3 Se vossos filhos praticam esse vício, podem estar no perigo de recorrer à falsidade para vos enganar. Mas, mães, não deveis ser facilmente acalmadas e deixar vossas buscas. Não deveis deixar a questão descansar, enquanto não estiverdes completamente satisfeitas. A saúde e a alma dos que amais estão em perigo, o que torna esta questão da maior importância. Não obstante as tentativas para ludibriar e ocultar, determinada vigilância e íntima investigação geralmente revelarão o verdadeiro estado do caso. Então a mãe deve apresentar-lhes fielmente este assunto em sua verdadeira luz, mostrando sua degradante tendência para baixo. Procurai convencê-los de que a condescendência com esse pecado destruirá o respeito próprio, e a nobreza de caráter arruinará a saúde e a moral; e essa suja mácula apagará da alma o verdadeiro amor a Deus e a beleza da santidade. A mãe deve prosseguir nessa questão até ter suficiente evidência de que a prática está terminada. -- An Appeal to Mothers, 13, 14. Evitar a precipitação e a censura OC 300 4 Podereis indagar: Como poderemos remediar o mal já existente? Como começaremos o trabalho? Se vos falta sabedoria, ide a Deus; Ele a prometeu dar liberalmente. Orai muito, e com fervor, pelo auxílio divino. Não se pode seguir a mesma regra em cada caso. Agora há necessidade de exercer juízo santificado. Não vos precipiteis agitando-vos e aproximando-vos de vossos filhos com censura. Tal atitude, apenas despertaria neles a rebelião. Deveis sentir profundamente por qualquer má atitude que tenhais tomado, e que poderia ter aberto a porta para Satanás guiar vossos filhos por suas tentações. Se não os tendes instruído sobre a violação das leis da saúde, a culpa é vossa. Negligenciastes importante dever, cujo resultado se vê nas práticas erradas de vossos filhos. -- An Appeal to Mothers, 20, 21. Domínio próprio e simpatia OC 301 1 Antes de vos empenhardes na obra de ensinar aos vossos filhos a lição do domínio próprio, vós mesmos a devíeis ter aprendido. Se facilmente vos agitais e tornais impacientes, como podereis parecer razoáveis aos vossos filhos, ao lhes ensinar a controlar suas paixões? Com domínio próprio e sentimentos da mais profunda simpatia e piedade, deveis aproximar-vos de vossos filhos errantes e fielmente lhes apresentar a obra certa de ruína sobre sua constituição física, se prosseguirem no rumo que começaram -- que ao debilitarem o físico e o mental, assim também terá a parte moral de sofrer decadência, e estarão pecando não apenas contra si mesmos, mas contra Deus. OC 301 2 Se possível, deveis fazer-lhes sentir que é contra Deus, o puro e santo Deus, que têm pecado; que o grande Perscrutador dos corações é ofendido com essa atitude; que nada Lhe é oculto. Se assim puderdes impressionar vossos filhos para que exerçam aquele arrependimento que é aceitável a Deus, aquela piedosa tristeza que opera o arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende, a obra será completa, e certa a reforma. Não se entristecerão apenas por seus pecados serem descobertos, mas verão suas práticas pecaminosas em seu caráter agravado e serão levados a confessá-los a Deus sem reserva, esquecendo-os. Entristecer-se-ão de sua má atitude, por terem desagradado a Deus e pecado contra Ele, desonrando o corpo diante dAquele que os criou e lhes tem pedido que apresentem seus corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o seu culto racional. -- An Appeal to Mothers, 21, 22. Vigiar a companhia dos filhos OC 301 3 A menos que o espírito de vossos filhos esteja firmemente equilibrado pelos princípios religiosos, sua moral se corromperá pelos exemplos viciosos com os quais entram em contato. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134. OC 301 4 Resguardai-os, como devem fazer as mães fiéis, de serem contaminados pela associação com qualquer novo companheiro. Guardai-os, como jóias preciosas, da influência corruptora desta época. Se estiverdes em tal situação que seu intercâmbio com os jovens companheiros nem sempre possa ser controlado, como gostaríeis que fosse, então deixai que eles visitem vossos filhos em vossa presença; e de modo algum permitais a esses companheiros dormir na mesma cama, ou no mesmo quarto. Será muito mais fácil evitar o mal do que curá-lo mais tarde. ... OC 302 1 Eles [os pais], lhes permitem visitar outros jovens amigos, formar suas próprias amizades, e mesmo fugir ao cuidado vigilante dos pais, um tanto distante de casa, onde lhes é permitido fazer justamente o que querem. Satanás aproveita todas essas oportunidades e toma conta da mente dessas crianças que as mães ignorantemente expõem às suas ardilosas ciladas. -- An Appeal to Mothers, 13, 14. A importância do regime OC 302 2 Não podeis atingir as sensibilidades morais de vossos filhos enquanto não fordes cuidadosos na escolha de sua alimentação. A mesa que os pais geralmente preparam para os filhos é uma cilada para eles. -- Testimonies for the Church 2:400. OC 302 3 Os pais condescendentes não ensinam aos filhos a abnegação. O próprio alimento que diante deles colocam é de molde a irritar o estômago. O estímulo assim produzido é comunicado ao cérebro, e, como resultado, despertam-se as paixões. Nunca será demais repetir que o que é levado ao estômago não somente afeta o corpo, mas em última análise também a mente. Alimento grosseiro e estimulante agita o sangue, estimula o sistema nervoso e com muita freqüência embota a percepção moral de tal modo que a razão e a consciência são subjugadas pelos impulsos sensuais. É difícil, e, muitas vezes, quase impossível, alguém que é intemperante no regime alimentar ser paciente e exercer o domínio próprio. Daí a importância especial de só permitir às crianças, cujo caráter ainda não está formado, terem o alimento que seja saudável, e nada estimulante. Foi em amor que o nosso Pai celestial enviou a luz da reforma de saúde para proteger contra os males que resultam da ilimitada condescendência com o apetite. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 134. OC 302 4 Se jamais houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é avivar e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. -- Testemunhos Selectos 1:262. A importância da higiene OC 302 5 Banhar-se freqüentemente é muito benéfico, especialmente à noite, justamente antes de deitar, ou ao se levantar de manhã. Tomará apenas alguns momentos dar nos filhos um banho e friccioná-los até o corpo ficar avermelhado. Isso traz o sangue à superfície, aliviando o cérebro; e há menos inclinação para condescender com práticas impuras. Ensinai aos pequenos que Deus não Se agrada de vê-los com o corpo sujo e roupas desalinhadas e rasgadas. Dizei-lhes que Deus deseja que sejam puros interna e externamente, para poder habitar com eles. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 141, 142. Roupas limpas e soltas OC 303 1 Ter a roupa bem arrumada e limpa será um dos meios de conservar os pensamentos puros e dóceis. Toda peça de roupa deve ser modesta e simples, sem adornos desnecessários, para que assim possa haver pouco trabalho para lavá-la e passá-la a ferro. Deve especialmente cada peça que entra em contato com a pele ser conservada limpa e livre de qualquer odor ofensivo. Coisa alguma de caráter irritante deve tocar o corpo das crianças, nem se deve permitir que sua roupa os aperte de qualquer maneira. Caso se desse mais atenção a esse assunto, muito menos impureza seria praticada. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 142. Não dispensar o exercício OC 303 2 São [os jovens] em grande parte liberados do exercício físico por medo de que trabalhem demais. Os próprios pais assumem responsabilidades que deviam estar sobre os filhos. O excesso de trabalho é mau; mas os resultados da indolência devem ser mais temidos. A ociosidade leva à condescendência com hábitos corruptos. O trabalho não cansa e consome a quinta parte do que o faz o pernicioso hábito da masturbação. Se o trabalho simples e bem regulado aborrece vossos filhos, estai certos, pais, de que há alguma coisa mais que lhes está enervando o organismo e produzindo uma sensação de constante cansaço. Dai trabalho físico a vossos filhos, que exija a atividade dos nervos e músculos. A fadiga resultante desse trabalho lhes diminuirá a inclinação para condescenderem com os hábitos viciosos. A ociosidade é uma maldição. Produz hábitos licenciosos. -- Testimonies for the Church 2:348, 349. Indolência: porta para a tentação OC 303 3 Mães, dai a vossos filhos bastante que fazer. ... A indolência não favorecerá a saúde física, mental ou moral. Abre as portas de par em par e convida Satanás a entrar, oportunidade que ele aproveita, atraindo os jovens para suas ciladas. Pela indolência, não somente será a força moral enfraquecida e aumentado o impulso passional, mas os anjos de Satanás tomam posse de toda a cidadela da mente e compelem a consciência a render-se à vil paixão. Devemos ensinar às crianças hábitos de paciente operosidade. -- An Appeal to Mothers, 18, 19. Deus não deixará o arrependido perecer OC 304 1 Deveis apresentar aos vossos filhos o encorajamento de que um Deus misericordioso aceitará o verdadeiro arrependimento de coração e lhes abençoará os esforços para se purificarem de toda a imundícia da carne e do espírito. Ao ver Satanás que está perdendo o domínio sobre o espírito de vossos filhos, tentá-los-á fortemente, procurando obrigá-los a continuar a prática desse enfeitiçante vício. Mas, com firme propósito, devem resistir às tentações de Satanás para transigir com as paixões sensuais, por ser um pecado contra Deus. Não se devem arriscar em terreno proibido, onde Satanás possa exigir domínio sobre eles. Se, com humildade, rogarem a Deus pureza de pensamento, e uma imaginação refinada e santificada, Ele os ouvirá e lhes atenderá as petições. Deus não os deixou a perecer em seus pecados, mas ajudará ao fraco e indefeso, se esses sobre Ele se lançarem com fé. -- An Appeal to Mothers, 22, 23. ------------------------Capítulo 72 -- A luta pela reforma Sincero arrependimento e esforço resoluto OC 304 2 Os que corrompem seu próprio corpo não poderão fruir o favor de Deus enquanto não se arrependerem sinceramente, fazendo completa reforma e aperfeiçoando a santidade no temor do Senhor. -- An Appeal to Mothers, 29. OC 304 3 A única esperança para os que praticam hábitos vis é abandoná-los completamente, se é que dão qualquer valor à saúde aqui e à salvação no além. Quando se transige com esses hábitos por largo espaço de tempo, resistir à tentação e abandonar a corrupta condescendência requer determinado esforço. -- An Appeal to Mothers, 27. Os pensamentos devem ser controlados OC 305 1 Deves dominar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. ... Se condescenderdes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, sereis, em certo sentido, tão culpada perante Deus, como se vossos pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade. Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e excessivamente perigosos. Uma vez estabelecidos, é quase impossível rompê-los e dirigir os pensamentos para temas puros, santos e elevados. Deveis tornar-vos fiel sentinela de vossos olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiserdes dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos vos manchem a alma. Só o poder da graça pode realizar tão desejável obra. -- Testimonies for the Church 2:561. Sujeitar as paixões e afetos à razão OC 305 2 Deus requer que domines não só teus pensamentos mas também as paixões e afeições. Tua salvação depende de te governares nessas coisas. A paixão e afeição são agentes poderosos. Se mal aplicadas, se postas em operação, por motivos injustos, se mal colocadas, são poderosas para realizar tua ruína e deixar-te um infeliz destroço, sem Deus e sem esperança. OC 305 3 A imaginação deve ser positiva e persistentemente dominada, se as paixões e afeições tiverem de tornar-se sujeitas à razão, à consciência e ao caráter. ... OC 305 4 A menos que restrinjais vossos pensamentos, leitura e palavras, vossa imaginação tornar-se-á desesperadamente doentia. Lede a Bíblia atentamente e com oração, e sede guiados pelos seus ensinos. Essa é a vossa segurança. -- Testimonies for the Church 2:561-563. Fechar os sentidos OC 305 5 Os que querem ter a sabedoria que vem de Deus não se devem tornar insensatos no pecaminoso conhecimento deste século, a fim de serem sábios. Devem fechar os olhos para não ver e aprender o mal. Devem fechar os ouvidos para não ouvirem o mal, e obterem o conhecimento que lhes macularia a pureza de pensamento e de ações, e guardar sua língua para que não transmita comunicações corruptas nem em sua boca haja o engano. -- An Appeal to Mothers, 31. OC 305 6 Evitai ler e ver coisas que sugiram pensamentos impuros. Cultivai as faculdades morais e intelectuais. -- Testimonies for the Church 2:410. Evitar a inatividade unida ao estudo excessivo OC 306 1 O estudo excessivo, em virtude de aumentar a corrente do sangue para o cérebro, cria uma irritabilidade mórbida que tende a diminuir o poder do domínio próprio, e muitíssimas vezes dá lugar a impulso e capricho. Assim se abre a porta à impureza. O mau uso, ou a falta de uso da capacidade física, é, em grande parte, responsável pela onda de corrupção que se está espalhando pelo mundo. "Orgulho, abundância de pão e de ociosidade" são os inimigos mortais do progresso humano nesta geração, bem como quando ocasionaram a destruição de Sodoma. OC 306 2 Os professores devem compreender essas coisas e instruir seus alunos nesse sentido. Ensinai aos estudantes que viver de maneira correta depende de pensar de maneira correta, e que a atividade física é essencial à pureza do pensamento. -- Educação, 209. Não há tempo para vacilação OC 306 3 A pureza de vida e um caráter moldado segundo o Modelo divino não se obtêm sem ardorosos esforços e princípios fixos. A pessoa vacilante não terá êxito em alcançar a perfeição cristã. Será pesada na balança e achada em falta. Como um leão rugidor, Satanás está procurando sua presa. Experimenta seus ardis sobre todo o jovem ingênuo. ... Satanás diz aos jovens que ainda há bastante tempo, que podem transigir com o pecado e o vício uma vez mais e depois nunca mais; mas essa única condescendência envenenar-lhes-á toda a vida. Não vos aventureis, uma vez que seja, a pisar em terreno proibido. Nesses dias maus e perigosos, em que a sedução ao vício e à corrupção se encontram a cada lado, eleve-se ao Céu o grito sincero e sentido dos jovens: "Como purificará o jovem o seu caminho?" E se abram os seus ouvidos e se incline seu coração a obedecer à instrução dada na resposta: "Observando-o conforme a Tua Palavra." Salmos 119:9. -- Testimonies for the Church 2:408, 409. OC 306 4 Todos são responsáveis por suas ações, enquanto são provados neste mundo. Todos terão poder para controlar suas ações se o quiserem. Se forem fracos na virtude, pureza de pensamentos e ações, poderão obter auxílio do Amigo do indefeso. Jesus está familiarizado com todas as fraquezas da natureza humana e, se Lhe rogarem, dará forças para vencer às mais poderosas tentações. Todos poderão obter essa força, se a buscarem com humildade. -- An Appeal to Mothers, 31. OC 306 5 A única segurança para os jovens nesta época de corrupção é pôr em Deus a sua confiança. Sem o auxílio divino, eles serão incapazes de controlar as paixões e os apetites humanos. Em Cristo está justamente o auxílio necessário, mas quão poucos vão a Ele em busca desse auxílio! Quando esteve na Terra, Jesus disse: "E não quereis vir a Mim para terdes vida." João 5:40. Em Cristo, todos podem ser vencedores. Podeis dizer com o apóstolo: "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por Aquele que nos amou." Romanos 8:37. E ainda: "Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão." 1 Coríntios 9:27. -- Testimonies for the Church 2:409. Nele se pode encontrar verdadeiro prazer OC 307 1 A única segurança absoluta para nossos filhos contra toda prática viciosa é procurar serem admitidos no redil de Cristo e ficar sob o vigilante cuidado do Pastor fiel e verdadeiro. Ele os livrará de todo o mal; protegê-los-á de todo o perigo, se atenderem à Sua voz. Diz: "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, ... e elas Me seguem." João 10:27. Em Cristo encontrarão pastagens, obterão força e esperança e não serão perturbados por impaciente anelo de alguma coisa para lhes divertir a mente e satisfazer o coração. Acharam a pérola de grande preço e o espírito descansa pacificamente. Seus prazeres são de caráter puro, pacífico, elevado e celestial. Não deixam doloridas reflexões nem remorso. Tais prazeres não prejudicam a saúde ou debilitam a mente, mas são de natureza sadia. OC 307 2 A comunhão com Deus e o seu amor a Ele, a prática da santidade, a destruição do pecado, são todos agradáveis. A leitura da Palavra de Deus não fascinará a imaginação e inflamará as paixões, como um livro de histórias fictícias, mas abrandará, suavizará, elevará e santificará o coração. Quando em dificuldades, perseguidos por ferozes tentações, têm o privilégio da oração. Que exaltado privilégio! Seres finitos, de pó e cinza, admitidos pela mediação de Cristo na sala de audiência do Altíssimo! Em tais exercícios, a alma é levada a uma sagrada aproximação de Deus, renovada no conhecimento e verdadeira santidade, e fortalecida contra os assaltos do inimigo. -- An Appeal to Mothers, 23, 24. ------------------------Capítulo 73 -- A responsabilidade pelos interesses eternos Dias de perigos especiais para as crianças OC 308 1 Vivemos em uma época infeliz para as crianças. Forte corrente está impelindo para baixo, para a perdição, e é necessário mais que a experiência da meninice e sua força para avançar contra essa corrente, sem ser por ela derribado. Os jovens parecem em geral ser cativos de Satanás, e ele e seus anjos os estão conduzindo a uma destruição certa. Satanás e seus anjos estão guerreando contra o governo de Deus; e a todos os que sentem o desejo de entregar-Lhe o coração e Lhe obedecerem aos mandamentos, o inimigo procurará desconcertar e vencer com suas tentações, a fim de se desanimarem e abandonarem a luta. -- Testemunhos Selectos 1:147. OC 308 2 Nunca necessitamos tanto de mais íntima comunhão com Deus do que hoje. Um dos maiores perigos que assediam o povo de Deus tem sido a conformação com as máximas e costumes mundanos. Especialmente os jovens estão em constante perigo. Os pais e mães devem estar de guarda contra os enganos de Satanás. Enquanto ele procura conseguir a ruína de nossos filhos, não se gabem os pais de não haver especial perigo. Não demorem os pensamentos e os cuidados nas coisas deste mundo, enquanto são negligenciados os interesses mais elevados e eternos dos filhos. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. Pais indiferentes OC 308 3 Triste coisa é arrefecerem os pais em sua experiência espiritual, e, devido ao declínio da piedade e à falta de devoção a Deus, não reconhecerem a elevada responsabilidade que sobre eles recai de paciente e plenamente ensinar os filhos a observar o caminho do Senhor. -- The Signs of the Times, 17 de Setembro de 1894. OC 309 1 Em geral, os pais estão fazendo o máximo possível no sentido de incapacitar os filhos para as duras realidades da vida, para as dificuldades que os cercarão no futuro, quando forem chamados a decidir entre o que é certo ou errado, e lhes sobrevierem fortes tentações. Verificar-se-á então estarem fracos, quando deviam estar fortes. Vacilarão nos princípios e deveres, e a humanidade sofrerá em conseqüência de sua fraqueza. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. Obra importante é negligenciada OC 309 2 Um grande motivo por que há tanto mal no mundo hoje é os pais ocuparem o espírito com outras coisas, com exclusão da obra que é de todo importante -- a tarefa de ensinar paciente e bondosamente a seus filhos no caminho do Senhor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 129. OC 309 3 As mães podem ter adquirido o conhecimento de muitas coisas, mas não adquiriram o conhecimento essencial, a menos que conheçam a Cristo como um Salvador pessoal. Se Cristo estiver no lar, se as mães O tiverem tornado o seu Conselheiro, educarão os filhos desde a própria infância nos princípios da religião verdadeira. -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. Permite-se Satanás dominar OC 309 4 Visto os homens e mulheres não obedecerem a Deus, antes escolherem seguir seus próprios caminhos e à sua imaginação pervertida, permite-se a Satanás plantar sua bandeira infernal nas famílias e fazer com que seu poder seja sentido por intermédio dos bebês, crianças e jovens. Sua voz e sua vontade são expressas na vontade insubmissa e no caráter desviado dos filhos, e por meio deles exerce poder controlador e executa seus planos. Deus é desonrado pela manifestação de temperamento perverso, que exclui a reverência a Ele e induz à obediência às sugestões de Satanás. O pecado cometido pelos pais em assim permitir que Satanás tenha predomínio vai além de qualquer imaginação. -- Testimonies for the Church 5:325. OC 309 5 Pelo ensino que dão, por sua insensata condescendência e satisfação dos gostos e apetites, muitos pais estão tornando-se responsáveis pelos caminhos e disposições perversos dos filhos. Satanás pode dominar todo o ser por essa disposição de desobedecer às leis de Deus. Os pais não ordenam a sua casa após si como Abraão. E qual o resultado? As crianças e os jovens estão sob a bandeira rebelde. Não querem ser governados, antes estão determinados a seguir sua própria vontade. A única esperança para os filhos é ensinar-lhes a negar e não condescender com o eu. -- Carta 117, 1898. Severa luta está diante dos filhos indisciplinados OC 310 1 Os filhos que são assim criados sem disciplina têm tudo a aprender quando professam ser seguidores de Cristo. Toda a sua vida religiosa é afetada pela criação que tiveram na infância. Aparece o mesmo espírito obstinado; a mesma falta de abnegação, a mesma impaciência sob as reprovações. O mesmo amor-próprio e indisposição de buscar conselhos dos outros, ou de ser influenciados por juízo alheio, a mesma indolência, fuga das ocupações, falta de senso de responsabilidade. Tudo isso se vê em suas relações para com a igreja. É possível essas pessoas vencerem; mas quão renhida é a batalha! Quão rigoroso o conflito! Quão difícil é passar pelo curso da inteira disciplina que lhes é necessária para alcançarem a elevação do caráter cristão! Todavia, se eles vencerem afinal, é-lhes permitido ver, antes de serem trasladados, quão perto eles chegaram do precipício da destruição eterna, devido à falta de rigoroso preparo na mocidade, a falta de aprenderem a submissão na infância. -- Testemunhos Selectos 1:78. Fortalecer-se contra as influências corruptoras OC 310 2 Pais, assumistes a responsabilidade de trazer filhos ao mundo sem qualquer consentimento deles, e sois responsáveis pela sua vida e por sua alma. Eles têm as atrações do mundo para os fascinar e seduzir. Podeis educá-los de tal maneira que os fortaleça contra as suas corruptoras influências. Podeis ensinar-lhes a levar as responsabilidades da vida e a reconhecer suas obrigações para com Deus, a verdade e o dever, e a relação que suas ações terão sobre sua vida imortal futura. -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1875. OC 310 3 A juventude de nossos dias ignora os expedientes de Satanás. Portanto os pais devem estar despertos nestes tempos perigosos, trabalhando com perseverança e diligência para impedir a primeira aproximação do inimigo. Devem ensinar aos filhos, assentados em casa, e andando pelo caminho, e deitando-se e levantando-se. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1880. OC 310 4 Deve-se exercer eterna vigilância para que as crianças possam ser conduzidas nos caminhos da justiça. Satanás começa sua obra sobre eles desde a mais tenra infância, e cria desejo pelo que Deus proibiu. A segurança dos filhos depende em grande parte da vigilância, desvelo e cuidado dos pais por eles. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1894. OC 310 5 Os pais não devem consentir que coisa alguma os impeça de dar aos filhos todo o tempo que é necessário para os fazer compreender o que significa obedecer ao Senhor e nEle confiar inteiramente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 129. Os pais devem despertar OC 311 1 Devido à indiferença dos pais, muitos filhos são levados a pensar que eles não se incomodam com sua alma. Não deve ser assim; antes, os que têm filhos, de tal maneira devem dirigir suas ocupações domésticas e negócios que nada se possa interpor entre eles e os filhos que venha a diminuir a influência paterna em guiá-los para Cristo. Deveis ensinar a vossos filhos a lição do amor de Jesus, para que possam ter coração, conduta e conversação puros. ... OC 311 2 O Senhor trabalharia no coração dos filhos se apenas os pais cooperassem com os agentes divinos, mas Ele não fará o que foi designado como sendo a vossa parte do trabalho. Pais, deveis despertar de vossa sonolência letal. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1892. A grande esperança é a religião no lar OC 311 3 Os pais estão dormindo. Seus filhos caminham para a destruição diante de seus olhos, e o Senhor deseja que Seus mensageiros apresentem diante do povo, por preceito e exemplo, a necessidade da religião no lar. Instai sobre esse assunto com vossas congregações. Inculcai na consciência a convicção desses solenes deveres há tanto negligenciados. Isso desfará o espírito de farisaísmo e resistência à verdade, como coisa alguma o pode fazer. A religião no lar é a nossa grande esperança, e torna brilhante a perspectiva da conversão de toda a família para a verdade de Deus. -- Manuscrito 21, 1894. O poder de Satanás pode ser quebrado OC 311 4 Os pais têm encargo mais sério do que imaginam. O pecado é a herança dos filhos. O pecado os separou de Deus. Jesus deu Sua vida para poder unir com Deus os elos partidos. Com relação ao primeiro Adão, os homens nada receberam dele senão a culpa e a sentença de morte. Mas entra Cristo e passa pelo terreno em que Adão caiu, suportando cada prova em favor do homem. ... O exemplo perfeito de Cristo e a graça de Deus são-lhe dados para habilitá-lo a educar os filhos e filhas para serem filhos e filhas de Deus. É ensinando-lhes mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, como entregar o coração e a vontade a Cristo que é quebrado o poder de Satanás. -- Carta 68, 1899. OC 312 1 Pais e mães, com plena certeza de fé, insisti com vossos filhos e filhas. Não deixeis que ouçam sair de vossos lábios nenhuma palavra impaciente. Se necessário, fazei aos vossos filhos sentida confissão por lhes haver permitido seguir nos caminhos da vaidade e desagradar ao Senhor, que não negou Seu Filho ao mundo perdido, para que todos pudessem receber perdão e absolvição dos pecados. ... OC 312 2 Pais e mães, que de várias maneiras tendes transigido com vossos filhos em prejuízo seu, Deus deseja que redimais o tempo. Atendei durante o tempo que se chama hoje. -- Carta 66, 1910. O mais nobre campo missionário OC 312 3 Tornai o trabalho de toda a vossa vida formar o caráter de vossos filhos segundo o Modelo divino. Se um dia possuírem o adorno interior, o ornamento de um espírito manso e quieto, será porque perseverantemente lhes ensinastes a amar os ensinos da Palavra de Deus e a buscar a aprovação de Jesus mais que a do mundo. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1883. OC 312 4 Como obreiros de Deus, nossa obra deve começar com os que estão mais perto. Deve começar em nossa própria casa. Não há campo missionário mais importante que este. -- Manuscrito 19, 1900. OC 312 5 Precisamos de fervor missionário em nossos lares, para que possamos apresentar a Palavra de Deus aos membros de nossa família e levá-los a buscar um lar no reino de Deus. -- Manuscrito 101, 1908. OC 312 6 O governo e instrução das crianças é o mais nobre trabalho missionário que qualquer homem ou mulher possa empreender. -- Testemunhos Selectos 2:463. Os pais devem moldar o barro vivo OC 312 7 Com que zelo e perseverança o artista trabalha a fim de passar para a tela uma perfeita semelhança de seu modelo; e com que diligência talha e cinzela o escultor, tirando da pedra a cópia do modelo que está seguindo! Assim devem os pais trabalhar para formar, educar e aperfeiçoar os filhos segundo o modelo que lhes foi dado em Cristo Jesus. Assim como o paciente artista estuda, trabalha e estabelece planos para tornar mais perfeito o resultado de seus labores, assim devem os pais considerar tempo bem gasto o que é ocupado em educar os filhos para vida mais útil e prepará-los para o reino imortal. Pequena e sem importância é a obra do artista quando comparada à do pai ou da mãe. Um lida com material inanimado, no qual amolda belas formas; mas o outro trata com um ser humano, cuja vida pode ser amoldada para o bem ou para o mal; para abençoar a humanidade ou para amaldiçoá-la; para andar nas trevas, ou a fim de viver para sempre num mundo futuro sem pecado. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Fazer da perfeição o alvo OC 313 1 Cristo foi uma vez uma criança. Por amor dEle, honrai as crianças. Considerai-as como um sagrado depósito, não para serem mimadas ou idolatradas, mas para serem ensinadas a levar vida pura e nobre. Elas são a propriedade de Deus. Ele as ama, e de vós exige que com Ele coopereis, ensinando-lhes a formar caráter perfeito. O Senhor requer perfeição de Sua família redimida. De nós espera a perfeição que Cristo revelou em Sua humanidade. Os pais e mães precisam compreender especialmente quais os melhores métodos de ensinar os filhos, para que possam cooperar com Deus. -- Manuscrito 19, 1900. Necessidade de pais convertidos OC 313 2 Dia e noite fico preocupada com o pensamento de nossa grande necessidade de pais convertidos. Quantos há que necessitam humilhar o coração diante de Deus e entrar na relação correta para com o Céu, se quiserem exercer uma influência salvadora sobre a família! Devem saber o que precisam fazer para herdar a vida eterna, caso queiram educar os filhos para a herança dos remidos. Todos os dias devem estar recebendo na alma a luz do Céu, recebendo cada dia as impressões do Espírito Santo no coração e na mente. Todos os dias devem receber a Palavra da verdade e deixar que esta dirija a vida. -- Manuscrito 53, 1912. OC 313 3 Grandes responsabilidades repousam sobre os pais, e estes se devem esforçar fervorosamente para cumprir a missão que Deus lhes designou. Quando eles virem a necessidade de aplicar todas as energias do ser na obra de educar os filhos para Deus, grande parte da frivolidade e desnecessária pretensão que agora se vê será abandonada. Não considerarão grande demais qualquer sacrifício ou trabalho árduo que os habilite a prepará-los para encontrar o Senhor com alegria. É essa uma parte muito preciosa de seu trabalho como seguidores de Deus, e parte que não podem permitir-se negligenciar. -- Manuscrito 27, 1911. Olhar constantemente a Jesus OC 313 4 Fazei [pais] uso de todo tendão e músculo espiritual no esforço de salvar vosso pequeno rebanho. As potestades do inferno se unirão para sua destruição, mas Deus vos levantará um estandarte contra o inimigo. Orai muito mais do que o fazeis. Amavelmente, ternamente, ensinai vossos filhos a irem a Deus como a Seu Pai celestial. Pelo vosso exemplo ensinai-lhes a ter domínio próprio e a serem prestativos. Ensinai-lhes que Cristo não viveu para alegrar-Se a Si mesmo. OC 314 1 Recolhei os raios de luz divina que estão a resplandecer em vosso caminho. Andai na luz assim como Cristo está na luz. Ao lançardes mão da obra de auxiliar vossos filhos a servir a Deus, sobrevirão as provações mais irritantes; mas não percais vosso apoio; apegai-vos a Jesus. Ele diz: "Que se apodere da Minha força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. Surgirão dificuldades; defrontar-vos-eis com obstáculos; mas olhai constantemente a Jesus. Quando se apresentar uma difícil emergência, perguntai: Senhor, que farei? Se não vos derdes a acabrunhamentos e reprimendas, o Senhor vos mostrará o caminho. Ele vos ajudará a usar o talento da fala de maneira tão cristã que a paz e o amor reinarão no lar. Seguindo um procedimento coerente, podeis ser evangelistas no lar, ministros da graça a vossos filhos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 156, 157. Essa obra vale a pena OC 314 2 Custa alguma coisa criar filhos no caminho do Senhor. Custa as lágrimas de uma mãe e as orações de um pai. Exige perseverante esforço, paciente instrução, um pouco aqui e um pouco ali. Mas essa obra vale a pena. Os pais podem, assim, construir ao redor dos filhos muralhas que os preservarão do mal que inunda nosso mundo. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. ------------------------Capítulo 74 -- Cada lar, uma igreja Os pais devem ser representantes de Deus OC 314 3 Cada família, na vida doméstica, deve ser uma igreja, belo símbolo da igreja de Deus no Céu. Reconhecessem os pais sua responsabilidade para com os filhos, e sob nenhuma circunstância ralhariam e se irritariam com eles. Não é essa a espécie de educação que qualquer criança deve ter. Muitas e muitas crianças têm aprendido a censurar, a irritar-se, a xingar, a serem impetuosas, porque em casa assim lhes foi permitido ser. Os pais devem considerar que estão em lugar de Deus para com os filhos, a fim de incentivar todo princípio correto e reprimir todo mau pensamento. -- Carta 104, 1897. OC 315 1 Se as qualidades morais dos filhos forem negligenciadas pelos pais e professores, eles certamente serão pervertidos. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. A religião bíblica é a única salvaguarda OC 315 2 Falando de modo geral, a juventude tem bem pouca força moral. É isso o resultado da negligência da educação na infância. O conhecimento do caráter de Deus e de nossas obrigações para com Ele não deve ser considerado questão de pouca importância. A religião da Bíblia é a única salvaguarda da juventude. -- Testimonies for the Church 5:24. OC 315 3 Felizes são os pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da Divindade, de maneira que as promessas e ordens de Deus despertem na criança gratidão e reverência; os pais, cuja ternura, justiça e longanimidade interpretam para a criança o amor, a justiça e a longanimidade de Deus, que ensinam a criança a amá-los e obedecer-lhes, estão ensinando-a a amar ao Pai do Céu, a obedecer-Lhe e nEle confiar. Os pais que repartem com o filho tal dom o estão dotando com um tesouro mais precioso que as riquezas de todos os séculos -- um tesouro tão perdurável como a eternidade. -- Profetas e Reis, 245. A religião no lar OC 315 4 Os atos diários da vida revelam a medida e a forma de nossa disposição e caráter. Onde quer que falte a religião no lar, a profissão de fé é sem valor. Portanto, não saiam dos lábios dos que compõem o círculo familiar palavras grosseiras. Tornai a atmosfera fragrante, pela terna solicitude para com os outros. Só entrarão nos Céus os que, durante o tempo da prova, tiverem formado um caráter que respire uma influência celestial. O santo do Céu deve ser primeiro um santo na Terra. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. OC 315 5 O que tornará o caráter desejável no lar é o que o tornará desejável nas mansões celestiais. A medida do vosso cristianismo é aferida pelo caráter da vossa vida no lar. A graça de Cristo habilita quem a possui a tornar o lar um lugar feliz, cheio de paz e descanso. A menos que tenhais o espírito de Cristo, nenhum de vós é Seu, e nunca vereis os santos remidos em Seu reino, e que devem ser um com Ele no Céu da bem-aventurança. Deus quer que vos consagreis inteiramente a Ele e que representeis Seu caráter no círculo familiar. -- The Signs of the Times, 14 de Novembro de 1892. OC 316 1 A obra da santificação começa no lar. Os que são cristãos em casa serão cristãos na igreja e no mundo. Há muitos que não crescem na graça, porque deixam de cultivar a religião no lar. -- The Signs of the Times, 17 de Fevereiro de 1904. Os pais como educadores OC 316 2 Digo aos pais e às mães: podeis ser educadores em vossas igrejas do lar; podeis ser agências missionárias espirituais. Sintam os pais e mães a necessidade de ser missionários no lar, a necessidade de conservar sua atmosfera livre da influência de uma linguagem grosseira e precipitada, e a escola do lar num lugar em que os anjos de Deus possam entrar e abençoar, concedendo êxito aos esforços feitos. -- Manuscrito 33, 1908. OC 316 3 Considerai a educação do lar uma escola missionária que prepara para a realização dos deveres religiosos. Vossos filhos devem desempenhar uma parte ativa na igreja. E toda faculdade do espírito, toda a aptidão física, deve ser conservada forte e ativa para o serviço de Cristo. Deve-lhes ser ensinado a amar a verdade porque é a verdade; devem ser santificados pela verdade, para que possam suportar a grande revista que logo terá lugar para determinar a habilitação de cada um para entrar na mais elevada escola e tornar-se membro da família real, filho do Pai celestial. -- Manuscrito 12, 1898. Vida coerente OC 316 4 Todas as coisas deixam sua impressão na mente juvenil. O semblante é estudado, a voz tem sua influência, e o comportamento é por eles bem imitado. Os pais e mães irritadiços e mal-humorados estão dando aos filhos lições pelas quais em algum período de sua vida dariam todo o mundo, caso fosse seu, se pudessem desaprender. Os filhos devem ver na vida dos pais aquela coerência que está de acordo com sua fé. Por levarem vida coerente e exercerem o domínio próprio, os pais podem moldar o caráter dos filhos. -- Testimonies for the Church 4:621. Preparar os filhos como obreiros para Cristo OC 316 5 Os que estão ligados por laços naturais têm as mais fortes pretensões uns sobre os outros. Os membros da família devem manifestar bondade e o mais terno amor. As palavras faladas e os atos praticados devem estar de acordo com os princípios cristãos. Dessa maneira, o lar poderá ser transformado numa escola onde se poderão preparar obreiros para Cristo. OC 317 1 O lar deve ser considerado um lugar sagrado. ... Cada dia de nossa vida, devemos entregar-nos a Deus. Assim, poderemos alcançar auxílio especial e vitórias diárias. A cruz deve ser suportada todos os dias. Toda palavra deve ser vigiada, pois somos responsáveis diante de Deus quanto ao representar em nossa vida, o máximo possível, o caráter de Cristo. -- Manuscrito 140, 1897. Erro fatal OC 317 2 Poderemos educar os nossos filhos e filhas para uma vida de respeitáveis formalidades, uma vida que se professe cristã, mas a que falte aquele sacrifício próprio como o de Jesus, uma vida enfim, sobre a qual o veredicto dAquele que é a Verdade deverá ser: "Não vos conheço"? Milhares estão fazendo assim. Julgam assegurar a seus filhos os benefícios do evangelho, enquanto negam o espírito do mesmo. Mas assim não pode ser. Os que rejeitam o privilégio da associação com Cristo no serviço cristão rejeitam o único ensino que lhes dá habilitação para participar com Ele de Sua glória. Rejeitam o ensino que nesta vida concede força e nobreza de caráter. Muitos pais e mães, negando os filhos à cruz de Cristo, viram demasiado tarde que assim os estavam entregando ao inimigo de Deus e do homem. Selaram sua ruína, não somente para o futuro, mas para a vida presente. A tentação venceu-os. Cresceram como uma maldição ao mundo, uma tristeza e uma vergonha para os que lhes deram o ser. -- Educação, 264, 265. OC 317 3 Não sabemos em que setor nossos filhos poderão ser chamados a servir. Eles podem despender sua vida no círculo do lar; podem empenhar-se nos misteres comuns da vida, ou ir a terras pagãs como ensinadores do evangelho; mas todos são igualmente chamados como missionários para Deus, ministros de misericórdia para o mundo. Devem obter uma educação que os ajude a permanecer ao lado de Cristo em abnegado serviço. -- Profetas e Reis, 245. Ensinar a contar com o auxílio divino OC 317 4 Se quiserdes que vossos filhos possuam amplas aptidões para o bem, ensinai-lhes o devido apego ao mundo futuro. Se forem instruídos a confiar no auxílio divino, em suas dificuldades e perigos, não lhes faltará o poder para sujeitar a paixão e deter as tentações interiores para fazer o mal. A ligação com a Fonte da sabedoria comunicará luz e poder de discernimento entre o que é certo e o errado. Os que assim são dotados tornar-se-ão moral e intelectualmente fortes, e terão visão mais clara e melhor julgamento mesmo nas questões temporais. -- Pacific Health Journal, Janeiro de 1890. A salvação garantida pela fé OC 318 1 Podemos ter a salvação de Deus em nossa família; mas devemos para isso crer, por ela viver, e ter uma contínua e persistente fé e confiança em Deus. ... A restrição que a Palavra de Deus nos impõe visa nosso próprio interesse. Aumenta a felicidade de nossa família e a de todos os que nos cercam. Refina-nos o gosto, santifica-nos o juízo e traz paz de espírito, e, afinal, a vida eterna. ... Os anjos ministradores de Deus demorar-se-ão em nossa habitação, e com alegria levarão ao Céu as novas de nosso avanço na vida divina, e o anjo relator fará um relatório alegre e feliz. -- The Signs of the Times, 17 de Abril de 1884. OC 318 2 O Espírito de Cristo será uma influência permanente na vida do lar. Se os homens e mulheres abrirem o coração à influência celestial da verdade e do amor, esses princípios novamente brotarão como correntes no deserto, a tudo refrescando e fazendo com que a frescura apareça onde agora há aridez e escassez. -- Manuscrito 142, 1898. OC 318 3 Vossos filhos levarão de casa a preciosa influência da educação do lar. Então trabalhai no círculo familiar, nos primeiros anos de vida das crianças, e elas levarão sua influência à sala de aula; e essa influência será sentida por muitos outros. Assim o Senhor será glorificado. -- Manuscrito 142, 1898. ------------------------Capítulo 75 -- Guiando as crianças a Cristo Quão cedo podem as crianças tornar-se cristãs? OC 318 4 Na infância, o espírito é facilmente impressionado e amoldado, e é então que os meninos e meninas devem ser ensinados a amar e honrar a Deus. -- Manuscrito 115, 1903. OC 319 1 Deus quer que toda criança de tenra idade seja Seu filho, adotado em Sua família. Ainda que de pouca idade, os jovens podem ser membros da família da fé, e ter uma experiência preciosíssima. Podem ter coração terno e pronto a receber impressões que sejam duradouras. Podem dilatar o coração na confiança e amor a Jesus, e viver para o Salvador. Cristo fará deles pequenos missionários. Todo o curso de seu pensamento pode ser mudado, de modo que o pecado não se mostre como coisa que deva ser fruída, antes evitada e odiada. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 169. Idade sem conseqüência OC 319 2 A eminente teólogo perguntou-se certa vez que idade devia ter uma criança antes que houvesse razoável esperança de se tornar cristã. "A idade nada tem com isso" foi a resposta. "O amor a Jesus, a confiança, o descanso, a segurança, são todas qualidades que estão de acordo com a natureza da criança. Logo que uma criança pode amar a mãe e nela confiar, então pode amar a Jesus e nEle confiar, como sendo Amigo de sua mãe. Jesus será seu amigo, amado e honrado". OC 319 3 Em vista da verdadeira declaração precedente, os pais poderão ser cuidadosos demais em apresentar preceito e exemplo àqueles pequeninos olhos vigilantes e sentidos vivos? Nossa religião deve tornar-se prática. Tanto é necessária em nossos lares como na casa de culto. Coisa alguma deve haver fria, severa e repelente em nosso procedimento, antes devemos mostrar pela bondade e simpatia que possuímos coração aquecido, amante. Jesus deve ser honrado como Hóspede no círculo familiar. Devemos conversar com Ele, a Ele levar todos os nossos fardos e falar sobre o Seu amor, Sua graça e a perfeição de Seu caráter. Que lição pode ser dada diariamente pelos pais piedosos sobre levar todas as dificuldades a Jesus, Aquele que leva os fardos, em vez de se irritarem e xingarem, devido aos cuidados e perplexidades que não podem evitar! O espírito dos pequeninos pode ser ensinado a se voltar para Jesus, como a flor volve para o Sol as pétalas que se entreabrem. -- Good Health, Janeiro de 1880. O amor de Deus em cada lição OC 319 4 A primeira lição que se deve ensinar à criança é a de que Deus é Seu Pai. Essa lição lhe deve ser dada nos seus mais tenros anos. Os pais devem reconhecer que são responsáveis perante Deus quanto a fazerem seus filhos familiarizarem-se com seu Pai celestial. ... Em cada lição, deve ser ensinado que Deus é amor. -- The Review and Herald, 6 de Junho de 1899. OC 319 5 Os pais e mães devem ensinar ao bebê, à criança e ao jovem o amor de Jesus. Sejam as primeiras palavras balbuciadas pelo bebê acerca de Cristo. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1900. OC 320 1 Cristo deve estar associado a todas as lições dadas às crianças. -- The Signs of the Times, 9 de Fevereiro de 1882. OC 320 2 Desde os mais tenros anos da criança, deve-se fazer com que esta se familiarize com as coisas de Deus. Com palavras simples, fale a mãe acerca da vida de Cristo na Terra. E, mais que isso, aplique em sua vida diária os ensinos do Salvador. Mostre ao filho, por seu próprio exemplo, que esta vida é um preparo para a vida vindoura, um período concedido aos seres humanos no qual possam formar caráter que lhes garanta a entrada na cidade de Deus. -- Manuscrito 2, 1903. Mais do que uma observação casual OC 320 3 Muito, muito pouca atenção tem sido dada às nossas crianças e jovens, e eles deixaram de desenvolver-se como deviam, na vida cristã. Por isso, os membros da igreja não os têm considerado com ternura e simpatia, desejosos de que avançassem na vida divina. -- The Review and Herald, 13 de Fevereiro de 1913. OC 320 4 O Senhor não é glorificado quando as crianças são negligenciadas e passadas por alto. ... Elas necessitam mais do que um preparo casual, mais do que uma ocasional palavra de animação. Precisam de trabalho diligente, cuidadoso, apoiado pela oração. O coração pleno de amor e simpatia alcançará o coração dos jovens aparentemente descuidados e sem esperança. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 77. "Educai estas crianças para mim" OC 320 5 Os pais devem procurar compreender o fato de que lhes cumpre educar os filhos para as cortes de Deus. Ao lhes serem confiados os filhos, é como se Cristo lhos colocasse nos braços e dissesse: "Educai estas crianças para Mim, para que possam brilhar nas cortes de Deus." Um dos primeiros sons que lhes deve atrair a atenção é o nome de Jesus, e em seus mais tenros anos devem ser levados ao banquinho de oração. Sua mente deve estar cheia de histórias da vida do Senhor e sua imaginação deve ser encorajada a pintar as glórias do mundo vindouro. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1895. Uma experiência cristã na infância OC 320 6 Ensinai vossos filhos a se prepararem para as mansões que Cristo foi preparar para os que O amam. Ajudai-os a cumprir o propósito de Deus para com eles. Seja tal vosso preparo que os ajude a ser uma honra Àquele que morreu para lhes assegurar a vida eterna no reino de Deus. Ensinai-lhes a corresponder ao convite: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:29, 30. -- Manuscrito 138, 1903. OC 321 1 Meu irmão e irmã, tendes uma obra especial a fazer no preparo de vossos filhos. Enquanto são novos, seu coração e espírito são muito suscetíveis às impressões corretas. Ensinai-lhes que têm uma parte individual a realizar, e uma experiência cristã a alcançar, mesmo em sua meninice. -- Carta 10, 1912. OC 321 2 A menos que os pais tornem o primeiro negócio de sua vida guiar os pés dos filhos nas veredas da justiça desde os seus mais tenros anos, o caminho errado será escolhido antes que o direito. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. A obediência voluntária é prova de conversão OC 321 3 Não ensinaremos aos nossos filhos que a obediência voluntária à vontade de Deus prova se os que pretendem ser cristãos são de fato cristãos? O Senhor quer dizer justamente cada palavra que diz. -- Manuscrito 64, 1899. A lei de Deus como fundamento da reforma OC 321 4 A lei de Deus deve ser o meio de educação na família. Os pais estão sob a solene obrigação de andar em todos os caminhos de Deus, dando aos filhos um exemplo da mais estrita integridade. ... OC 321 5 A lei de Deus é o fundamento de toda reforma duradoura. Devemos apresentar ao mundo, de maneira clara e distinta, a necessidade da obediência à Sua lei. O grande movimento reformatório deve começar no lar. A obediência à lei de Deus é o grande incentivo à operosidade, economia, veracidade e o trato justo entre um homem e outro. -- Carta 74, 1900. Ensinar os mandamentos às crianças OC 321 6 Tendes ensinado vossos filhos desde a infância a guardar os mandamentos de Deus? ... OC 321 7 Deveis ensinar-lhes a formar caráter à semelhança divina, para que Cristo possa Se revelar a eles. Ele está desejoso de Se revelar às crianças. Sabemo-lo pela história de José, de Samuel, de Daniel e seus companheiros. Não podemos ver pelo relatório de sua vida o que Deus espera das crianças e jovens? -- Manuscrito 62, 1901. OC 321 8 Os pais ... estão na obrigação para com Deus de Lhe apresentar os filhos preparados, em tenra idade, para receberem inteligente conhecimento do que compreende ser um seguidor de Jesus Cristo. -- Manuscrito 59, 1900. Testemunho de uma criança convertida OC 322 1 A religião ajuda as crianças a estudar melhor e a fazer trabalho mais fiel. Uma menina de doze anos dava, com simplicidade, a prova de que era cristã. "Eu não gostava de estudar, mas de brincar. Era preguiçosa na escola, e muitas vezes não sabia minhas lições. Agora, para agradar a Deus, aprendo bem cada lição. Quando os professores não me observavam, era peralta e fazia travessuras para entreter as outras crianças. Agora, desejo agradar a Deus comportando-me bem e observando os regulamentos escolares. Era egoísta em casa e não gostava de dar recados. Aborrecia-me quando mamãe me chamava de meus brinquedos para ajudá-la no trabalho. Agora, tenho verdadeira alegria em auxiliar mamãe de qualquer modo e mostrar-lhe que eu a amo." Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 79. Cuidado com a demora na conversão OC 322 2 Pais, deveis começar a disciplinar o espírito de vossos filhos enquanto bem tenros, visando que venham a ser cristãos. ... Acautelai-vos, não os embaleis para adormecerem à beira do abismo da destruição, com a errônea idéia de que não têm idade suficiente para serem responsáveis, para se arrependerem de seus pecados e professarem a Cristo. -- Testemunhos Selectos 1:146. OC 322 3 As crianças de oito, dez, ou doze anos, já têm idade suficiente para serem dirigidas ao tema da religião individual. Não ensineis vossos filhos com referência a um tempo futuro em que eles terão idade bastante para se arrependerem e crerem na verdade. Caso sejam devidamente instruídas, crianças bem tenras podem ter idéias corretas quanto a seu estado de pecadores, e ao caminho da salvação por meio de Cristo. -- Testemunhos Selectos 1:150, 151. OC 322 4 Minha mente foi dirigida às muitas preciosas promessas registradas para aqueles que cedo buscam ao Salvador. "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento." Eclesiastes 12:1. "Eu amo aos que Me amam, e os que de madrugada Me buscam Me acharão." Provérbios 8:17. O grande Pastor de Israel está a dizer ainda: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Lucas 18:16. Ensinai a vossos filhos que a mocidade é o melhor tempo de buscar ao Senhor. -- Testemunhos Selectos 1:147. Diretamente da infância à juventude OC 323 1 Consentir que uma criança siga seus impulsos naturais é permitir-lhe deteriorar-se e tornar-se especializada no mal. Os resultados de uma educação errada começam a revelar-se na meninice. Cedo, na tenra juventude, desenvolve-se um temperamento egoísta; e ao alcançar o jovem a varonilidade, cresce no pecado. Um testemunho contínuo contra a negligência paterna é dado pelos filhos a quem se permitiu seguir o curso de sua própria escolha. Tal rumo descendente só pode ser evitado cercando-os das influências que anulem o mal. Da infância à juventude e da juventude à varonilidade, a criança deve estar sob influências para o bem. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1904. Fortalecer as crianças para as provas futuras OC 323 2 Pais, fazei a vós mesmos a solene pergunta: "Temos educado nossos filhos a ceder à autoridade paterna, preparando-os assim para obedecer a Deus, amá-Lo, ter a Sua lei como guia supremo da conduta e da vida? Temo-los educado para serem missionários em favor de Cristo? Para saírem fazendo o bem?" Pais crentes, vossos filhos terão de travar decisivas batalhas pelo Senhor no dia do conflito; e enquanto conseguem vitórias para o Príncipe da Paz, podem estar alcançando triunfos para si mesmos. Mas se não têm sido criados no temor do Senhor; se nenhum conhecimento têm de Cristo, nenhuma ligação com o Céu, não terão nenhum poder moral e cederão aos potentados terrenos que pretendem exaltar-se a si mesmos acima do Deus do Céu, estabelecendo um falso sábado para tomar o lugar do sábado de Jeová. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. ------------------------Capítulo 76 -- O preparo para ser membro da igreja Educação bem equilibrada OC 324 1 A instrução deve ser comunicada como Deus a tem dirigido. Os filhos devem ser ensinados paciente, cuidadosa, diligente e misericordiosamente. Sobre todos os pais pesa a obrigação de dar aos filhos instrução física, mental e espiritual. É essencial conservar sempre diante deles os reclamos de Deus. OC 324 2 A educação física, o desenvolvimento do corpo, é muitíssimas vezes mais fácil de dar que a educação espiritual. ... OC 324 3 A cultura da alma, que dá pureza e elevação aos pensamentos e fragrância às palavras e atos, requer esforço mais penoso. Exige paciência conservar todo o motivo mau desarraigado do jardim do coração. OC 324 4 Em caso algum o ensino espiritual deve ser negligenciado. Ensinemos aos nossos filhos as belas lições da Palavra de Deus, a fim de que por elas possam alcançar um conhecimento dEle. Fazei com que compreendam que não devem fazer coisa alguma que não seja correta. Ensinai-lhes a praticar a justiça e o juízo. Dizei-lhes que não lhes podeis permitir seguir um rumo errado. Em nome do Senhor Jesus Cristo, apresentai-os a Deus, junto ao trono da graça. Saibam que Jesus vive para interceder por eles. Animai-os a formar caráter à semelhança divina. -- The Review and Herald, 15 de Setembro de 1904. O conhecimento de Deus e de Cristo é fundamental OC 324 5 O ensino espiritual em caso algum deve ser negligenciado, pois "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Salmos 111:10. Para alguns, a educação é posta em seguida à religião, mas a verdadeira educação é religião. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 96. Experiência religiosa prática OC 324 6 A instrução prática, na experiência religiosa, é o que os pais cristãos devem estar preparados para dar aos filhos. Deus exige isso de vós, e negligenciais vosso dever se deixardes de realizar essa obra. Instruí vossos filhos quanto aos métodos de disciplina escolhidos por Deus e as condições do êxito na vida cristã. Ensinai-lhes que não podem servir a Deus e ter o espírito absorvido em solícita provisão para esta vida; mas não deixeis que acariciem o pensamento de não terem nenhuma necessidade de trabalhar e de que podem gastar na ociosidade os momentos de lazer. A Palavra de Deus é clara nesse ponto. -- Testimonies for the Church 5:42. Ensinar o conhecimento de Deus OC 325 1 Conhecer a Deus é vida eterna. Estais ensinando isto aos vossos filhos, ou lhes estais ensinando a seguir as normas do mundo? Estais vos aprontando para o lar que Deus vos está preparando? ... Ensinai aos vossos filhos acerca da vida, da morte, e da ressurreição do Salvador. Ensinai-os a estudar a Bíblia. ... Ensinai-os a formar caráter que viverá pelos séculos eternos. Devemos orar como nunca dantes, para que Deus guarde e abençoe nossos filhos. -- Manuscrito 16, 1895. Ensinar o arrependimento diário e o perdão OC 325 2 Não é essencial que todos sejam capazes de especificar com certeza quando os seus pecados foram perdoados. A lição a ser ensinada aos filhos é a de que seus erros e enganos devem ser levados a Jesus desde a mais tenra idade. Ensinai-lhes a pedir diariamente Seu perdão por qualquer mal que tenham cometido, e que Jesus ouve a simples oração do coração penitente e os perdoará e receberá, justamente como recebeu as crianças que Lhe foram levadas quando estava na Terra. -- Manuscrito 5, 1896. Ensinar a sã doutrina OC 325 3 Os que viram a verdade e sentiram sua importância, e têm tido experiência nas coisas de Deus, devem ensinar aos filhos doutrina sã. Devem torná-los familiarizados com as grandes colunas de nossa fé, as razões de sermos adventistas do sétimo dia -- porque fomos chamados, como os filhos de Israel, para sermos um povo peculiar, uma nação santa, separada e distinta de todos os outros povos da face da Terra. Essas coisas devem ser explicadas às crianças em linguagem simples, fácil de compreender; e ao ficarem mais velhas, as lições comunicadas devem ser apropriadas à sua crescente capacidade, até que os fundamentos da verdade tenham sido postos ampla e profundamente. -- Testimonies for the Church 5:330. Instruir brevemente e com freqüência OC 325 4 Os que dão instruções à infância e à mocidade devem evitar observações enfadonhas. Falar com brevidade, indo direto ao ponto, terá uma feliz influência. Se há muita coisa a dizer, substituí pela freqüência aquilo de que a brevidade os privou. Algumas observações interessantes, feitas de quando em quando, serão mais eficazes do que comunicar todas as instruções de uma vez só. Longos discursos fatigam a mente dos jovens. Falar demasiado levá-los-á mesmo a aborrecer às instruções espirituais, da mesma maneira que o comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, conduzindo ao enjôo da comida. -- Obreiros Evangélicos, 208, 209. As tardes são horas preciosas OC 326 1 O lar deve tornar-se uma escola de instrução em vez de um lugar de trabalho enfadonho e monótono. O anoitecer deve ser considerado como preciosa ocasião, a ser dedicado à instrução dos filhos no caminho da justiça. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 48. Contar de novo as promessas de Deus OC 326 2 Necessitamos reconhecer o Espírito Santo como nosso iluminador. Aquele Espírito gosta de dirigir-Se às crianças, e desvendar-lhes os tesouros e belezas da Palavra. As promessas proferidas pelo grande Mestre cativarão os sentidos e animarão a alma da criança com uma força espiritual que é divina. Desenvolver-se-á na mente receptiva uma familiaridade com as coisas divinas, que será como um baluarte contra as tentações do inimigo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 172. Tornar agradável a instrução religiosa OC 326 3 A instrução religiosa deve ser ministrada aos filhos desde a mais tenra infância; não num espírito de condenação, mas alegre e bondoso. As mães devem vigiar constantemente, para que a tentação não sobrevenha aos filhos de modo a não ser deles reconhecida. Os pais devem proteger os filhos por meio de instruções sábias e valiosas. Como os melhores amigos desses seres inexperientes, devem ajudá-los a vencer a tentação, porque ser vitoriosos é quase sempre a sua sincera ambição. Devem considerar que os filhinhos, que procuram proceder bem, são os membros mais novos da família do Senhor, sendo o seu dever ajudá-los com profundo interesse a dar passos firmes na vereda da obediência. Com carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a render-se em obediência a Ele. Ensinai-lhes que obediência a Deus implica obediência aos pais. Esse deve ser o vosso empenho de cada dia e de cada hora. Pais, vigiai; vigiai e orai, e fazei dos filhos os vossos companheiros. -- Testemunhos Selectos 2:391. Ensinar lições espirituais das tarefas domésticas OC 326 4 Deus confiou aos pais e professores a obra de educar as crianças e os jovens nessas direções, e em todos os atos de sua vida podem ser-lhes ensinadas lições espirituais. OC 327 1 Enquanto são exercitados em hábitos de higiene, devemos ensinar-lhes que Deus deseja que sejam limpos de coração, da mesma maneira que de corpo. Enquanto varrem um aposento, podem aprender como o Senhor purifica o coração. Eles não fechariam portas e janelas e deixariam no aposento alguma substância purificadora, mas abririam as portas e as janelas de par em par, expelindo o pó com toda a diligência. Assim as janelas do impulso e sentimento se devem abrir em direção ao Céu, e o pó do egoísmo e deve ser expelido. A graça de Deus precisa varrer as câmaras da mente, e todo o elemento da natureza ser purificado e vivificado pelo Espírito de Deus. OC 327 2 A desordem e descuido nos deveres diários levarão ao esquecimento de Deus e a manter uma forma de piedade numa profissão de fé, havendo perdido a realidade. Cumpre-nos vigiar e orar, do contrário andaremos num mundo imaginário e perderemos o real. OC 327 3 Uma fé viva, qual fios de ouro, deve entretecer-se na experiência diária, no cumprimento dos pequeninos deveres. -- Testemunhos Selectos 2:436. Educação versus conhecimento intelectual OC 327 4 É correto os jovens acharem que devem alcançar o clímax do desenvolvimento das faculdades mentais. Não queremos restringir a educação a que Deus não pôs limites. Mas as nossas aquisições de nada valerão se não forem usadas para a honra de Deus e o bem da humanidade. A menos que vosso conhecimento seja um degrau para a realização dos mais elevados propósitos, é sem valor. ... OC 327 5 A educação do coração é mais importante que a educação obtida nos livros. É bom e mesmo essencial obter um conhecimento do mundo em que vivemos; mas se deixarmos a eternidade fora de nossa cogitação, cometeremos um falta da qual nunca nos poderemos recuperar. -- Testimonies for the Church 8:311. Benefícios mútuos OC 327 6 Nossos filhos são a propriedade do Senhor; foram comprados por preço. Esse pensamento deve ser a mola real de nosso trabalho por eles. O método de maior êxito quanto a garantir a sua salvação é conservá-los afastados do caminho da tentação, é instruí-los constantemente na Palavra de Deus. E ao se tornarem os pais condiscípulos dos filhos, verificarão que seu crescimento no conhecimento da verdade é mais rápido. Desaparecerá a incredulidade; a fé e a atividade aumentarão; aprofundar-se-ão a certeza e a confiança, ao assim prosseguirem em conhecer ao Senhor. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1909. Os pais podem ser pedras de tropeço OC 328 1 Que exemplo dais a vossos filhos? Que espírito reina em vossa família? Vossos filhos devem ser ensinados a ser afáveis, atenciosos, dóceis, prestativos, mas sobretudo respeitadores das coisas santas e das reivindicações divinas. -- Testemunhos Selectos 2:133. OC 328 2 Cedo os meninos e meninas podem revelar profunda e bem formada piedade se os meios que Deus ordenou para a orientação de cada família forem seguidos em Seu temor e amor. Eles demonstrarão o valor do ensino e da disciplina corretos. Mas a impressão feita na mente das crianças pelas palavras do mestre da verdade freqüentemente é anulada pelas palavras e ações dos pais. O coração susceptível embora obstinado das crianças é, muitas vezes, impressionado pela verdade, mas repetidas vezes vêm-lhes tentações por meio do pai ou da mãe, e eles se tornam presa dos enganos de Satanás. É quase impossível pôr os pés das crianças em veredas seguras, quando os pais não cooperam. Maus sentimentos, saídos dos lábios de pais imprudentes, são o principal empecilho às genuínas conversões entre as crianças. -- Manuscrito 49, 1901. Viver em harmonia comas orações OC 328 3 "Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7. Quando orardes, apresentai essa promessa. É nosso privilégio ir a Ele com santa ousadia. Ao Lhe pedirmos com sinceridade que faça a Sua luz brilhar sobre nós, Ele nos ouvirá e responderá. Mas devemos viver em harmonia com nossas orações. Estas nenhum valor têm, se não andarmos de acordo com elas. Vi um pai que, depois de ler uma porção da Escritura e de orar, freqüentemente quase que ao levantar dos joelhos, começava a ralhar com os filhos. Como poderia Deus atender à oração que fizera? E se, depois de descompor os filhos, um pai faz oração, beneficia-os essa oração? Não, a não ser que seja uma oração de confissão a Deus. -- Manuscrito 114, 1903. Quando os filhos estão prontos para o batismo OC 328 4 Nunca deixeis que vossos filhos suponham que não são filhos de Deus enquanto não tiverem idade bastante para serem batizados. O batismo não torna cristãs as crianças, tampouco as converte; é apenas um sinal exterior que demonstra sentirem dever ser filhos de Deus, reconhecendo que crêem em Jesus Cristo como seu Salvador e que daí por diante viverão para Ele. -- Manuscrito 5, 1896. OC 328 5 Os pais cujos filhos desejam batizar-se têm uma obra a fazer, já examinando-se a si próprios, já instruindo conscienciosamente os filhos. O batismo é um rito muito importante e sagrado, e importa compreender bem o seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver nenhuma precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem. Consentindo no batismo dos filhos, os pais contraem em relação a eles a sagrada responsabilidade de despenseiros, para guiá-los na formação do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não desonrem a fé que professam. ... OC 329 1 E quando enfim raiar a época mais feliz de sua existência, e, amando de coração a Jesus, desejarem ser batizados, procedei com reflexão. Antes de os fazer batizar, perguntai-lhes se o principal propósito de sua vida é servir a Deus. Ensinai-lhes então como devem começar; muito depende dessa primeira lição. Mostrai-lhes com simplicidade como prestar o primeiro serviço a Deus. Tornai essa lição tão compreensível quanto possível. Explicai-lhes o que significa entregar-se a si mesmos ao Senhor e, ajudados pelos conselhos dos pais, proceder como manda Sua Palavra. -- Testemunhos Selectos 2:391, 392. O dever dos pais depois do batismo OC 329 2 Depois de terdes feito tudo quanto vos foi possível, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, deixai que se batizem. Mas, repito, disponde-vos de antemão a agir como pastores fiéis em guiar-lhes os inexperientes pés no caminho estreito da obediência. Deus tem de operar nos pais para que possam dar aos filhos bom exemplo em relação ao amor, à cortesia, humildade cristã e inteira devoção a Cristo. Se, porém, consentirdes em que os filhos sejam batizados e depois lhes permitirdes proceder como lhes apraz, não sentindo nenhuma obrigação de guiá-los pelo caminho estreito, sereis vós mesmos responsáveis pelo fracasso de sua fé, ânimo e interesse pela verdade. -- Testemunhos Selectos 2:392. OC 329 3 Deus vos ordena que os ensineis a se preparar para serem membros da família real, filhos do Pai celestial. Cooperai com Deus, trabalhando diligentemente pela sua salvação. Se errarem, não os critiqueis. Nunca os censureis de serem batizados e ainda estarem cometendo erros. Lembrai-vos de que eles ainda têm muito a aprender quanto aos deveres do filho de Deus. -- Manuscrito 80, 1901. Preparo para convocações especiais OC 330 1 Eis aqui uma obra em que as famílias se devem empenhar antes de irem às nossas santas convocações. Seja o preparo da comida e do vestuário questão secundária, antes comece já em casa profundo exame de coração. Orai três vezes ao dia, e, como Jacó, sede importunos. É em casa o lugar de encontrar a Jesus; então levai-o convosco à reunião, e quão preciosas serão as horas que ali passardes. Mas como podereis esperar sentir a presença de Deus, e ver a manifestação de Seu poder, quando a obra de preparo para essa ocasião é negligenciada? OC 330 2 Por amor à vossa alma, por amor a Cristo, e por amor aos outros, trabalhai em casa. Orai como não estais acostumados a orar. Quebrante-se o coração diante de Deus. Ponde vossa casa em ordem. Preparai vossos filhos para essa ocasião. Ensinai-lhes que não é de tanta importância que apareçam com finas vestes, como que se apresentem diante de Deus com mãos limpas e coração puro. Removei cada obstáculo que lhes esteja no caminho -- todas as diferenças que possam ter existido entre eles mesmos ou entre vós e eles. Assim fazendo, convidareis a presença de Deus em vosso lar e os santos anjos vos acompanharão ao irdes à reunião e sua luz e sua presença afugentarão as trevas dos anjos maus. -- Testimonies for the Church 5:164, 165. Semear com fé a verdade OC 330 3 Trabalho de fé é o do semeador. Ele não pode compreender o mistério da germinação e crescimento da semente ele não pode compreender; mas tem confiança nos poderes pelos quais Deus faz com que a vegetação floresça. OC 330 4 Lança a semente, esperando recuperá-la multiplicadamente em uma abundante colheita. Assim os pais e professores devem trabalhar, na expectativa de uma ceifa da semente que semeiam. -- Educação, 105. OC 330 5 Devemos pedir a bênção de Deus sobre a semente semeada, e a convicção do Espírito Santo se apoderará até mesmo dos pequeninos. Se exercermos fé em Deus, seremos habilitados a levá-los ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É essa uma obra da maior importância para os membros mais novos da família do Senhor. -- Testimonies for the Church 6:105. ------------------------Capítulo 77 -- A Bíblia no lar Um livro variado OC 331 1 Em sua vasta série de estilos e assuntos, a Bíblia tem algo para interessar a todo espírito e apelar a cada coração. Encontram-se em suas páginas as mais antigas histórias, as mais fiéis biografias, princípios governamentais para orientação de Estados, para a direção do lar, princípios que a sabedoria humana jamais igualou. Contém a mais profunda filosofia, a poesia mais doce e sublime, mais apaixonada e emocionante. Os escritos da Bíblia são de um valor incomensuravelmente acima das produções de qualquer autor humano, mesmo considerados sob este ponto de vista; mas de um alcance infinitamente mais amplo, de valor infinitamente maior, são eles sob o ponto de vista de sua relação para com o grandioso pensamento central. Encarado à luz desse conceito, cada tópico tem nova significação. Nas verdades mais singelamente referidas, acham-se envolvidos princípios que são tão altos como o Céu e abrangem a eternidade. -- Educação, 125. OC 331 2 A Palavra de Deus é farta em preciosas jóias da verdade, e os pais devem tirá-las de seu cofre e apresentá-las aos filhos em seu verdadeiro brilho. ... Tendes na Palavra de Deus uma casa do tesouro da qual podereis tirar preciosas provisões, e como cristãos deveis abastecer-vos para toda a boa obra. -- The Signs of the Times, 10 de Setembro de 1894. Rico banquete OC 331 3 Dando-nos o privilégio de estudar a Sua Palavra, o Senhor pôs diante de nós um lauto banquete. Muitos são os benefícios que se derivam de nos banquetearmos em Sua Palavra, que é representada por Ele como Sua carne e sangue, Seu Espírito e vida. OC 332 1 Participando dessa Palavra, nossa força espiritual é aumentada; crescemos em graça e no conhecimento da verdade. Formam-se e se fortalecem hábitos de domínio próprio. Desaparecem as fraquezas da meninice: mau humor, voluntariosidade, egoísmo, palavras precipitadas, atos apaixonados, e em seu lugar se desenvolvem as graças da varonilidade e feminilidade cristãs. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 207. OC 332 2 As belas lições das histórias e parábolas da Bíblia, a instrução pura e simples da Palavra de Deus, são o alimento espiritual para vós e vossos filhos. OC 332 3 Oh, que obra está diante de vós! Empenhar-vos-eis nela, no amor e temor de Deus? Por-vos-eis em comunicação com Deus por meio de Sua Palavra? -- Carta 27, 1890. Norma da retidão OC 332 4 Deve a Palavra de Deus ser judiciosamente aplicada à mente juvenil e ser sua norma de retidão, corrigindo-lhes os erros, iluminando-lhes e guiando-lhes o espírito, o que será muito mais eficiente na restrição e domínio de um temperamento impulsivo do que palavras ásperas, que provocarão a ira. Esse preparo dos filhos para atender à norma bíblica requererá tempo, perseverança e oração. A isso se deve atender, caso algumas coisas em casa sejam negligenciadas. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1877. OC 332 5 As verdades da Bíblia, uma vez recebidas, elevarão o espírito de suas vaidades terrenas e degradação. Fosse a Palavra de Deus apreciada como deve ser, e tanto os jovens como os velhos possuiriam uma retidão íntima, uma força de princípio, que os habilitariam a resistir à tentação. -- Testimonies for the Church 8:319. OC 332 6 O Santo de Israel tem-nos feito conhecer os estatutos e leis que devem governar todas as inteligências humanas. Esses preceitos, declarados "santos, justos e bons", devem tornar-se a norma de ação no lar. Não pode haver afastamento deles sem que haja pecado, pois são o fundamento da religião cristã. -- The Review and Herald, 13 de Novembro de 1888. Fortalece o intelecto OC 332 7 Se a Bíblia fosse estudada como deveria ser, os homens se tornariam intelectualmente fortes. Os assuntos tratados na Palavra de Deus, a digna simplicidade de sua exposição, os nobres temas que ela apresenta ao espírito, desenvolvem no homem faculdades que de outro modo não se podem desenvolver. Abre-se, na Bíblia, um campo ilimitado à imaginação. O aluno sairá da contemplação de seus grandiosos temas, da associação com suas sublimes imagens com pensamentos e sentimentos mais puros e elevados que se tivesse passado o tempo lendo qualquer obra de mera origem humana, sem falar nas de caráter leviano. Os jovens deixam de alcançar seu mais nobre desenvolvimento, quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria: a Palavra de Deus. A razão de termos tão poucos homens de bom espírito, de estabilidade e de sólido valor, é que Deus não é temido, Deus não é amado, os princípios religiosos não são aplicados à vida como devem ser. OC 333 1 Deus quer que aproveitemos todos os meios de cultivar e fortalecer nossas faculdades intelectuais. ... Se a Bíblia fosse mais lida, fossem suas verdades melhor compreendidas, e seríamos um povo muito mais iluminado e inteligente. Pelo exame de suas páginas é comunicada energia à alma. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 126. Fundamento da prosperidade doméstica OC 333 2 O ensino da Bíblia tem um papel de importância vital na prosperidade do homem em todas as relações da presente vida. Desvenda os princípios que são a pedra angular da prosperidade de uma nação -- princípios que se prendem ao bem-estar da sociedade, e que são a salvaguarda da família, princípios sem os quais ninguém pode chegar a ser útil, feliz e honrado nesta vida, ou esperar conseguir a vida futura e imortal. Não há posição alguma na vida, nem ramo de experiência humana, para os quais o ensino da Bíblia não seja um preparo essencial. -- Patriarcas e Profetas, 599. O conhecimento das escrituras protege OC 333 3 Desde a infância, Timóteo conhecia as Escrituras; e esse conhecimento lhe foi uma salvaguarda contra as más influências que o rodeavam e a tentação de preferir o prazer e a satisfação própria ao dever. Todos os nossos filhos necessitam dessa salvaguarda; e deve constituir parte da obra dos pais e dos embaixadores de Cristo ver que as crianças sejam convenientemente instruídas na Palavra de Deus. -- Testemunhos Selectos 1:528. O amor à Bíblia não é natural OC 333 4 A juventude é ignorante e inexperiente, e o amor à Bíblia e às suas sagradas verdades não virá naturalmente. A menos que se façam dolorosos esforços para construir barreiras ao seu redor, para abrigá-los dos ardis de Satanás, estarão sujeitos às suas tentações e serão por ele levados cativos à sua vontade. Na tenra infância, as crianças devem ser ensinadas quanto aos reclamos da lei de Deus e a fé em Jesus, nosso Redentor, para purificar da mancha do pecado. Essa fé deve ser ensinada dia a dia, por preceito e exemplo. -- Testimonies for the Church 5:329. Os jovens negligenciam o estudo da Bíblia OC 334 1 Tanto jovens como adultos negligenciam a Bíblia. Não fazem dela seu estudo, a regra de sua vida. Os jovens, especialmente, são culpados dessa negligência. A maioria deles encontra tempo para ler outros livros, mas aquele que indica o caminho da vida eterna não é diariamente estudado. Histórias tolas são lidas atentamente ao passo que a Bíblia é negligenciada. Esse Livro é nosso guia para uma vida mais elevada e santa. Os moços o declarariam o mais interessante Livro que já leram, não estivesse sua imaginação pervertida pela leitura de histórias fictícias. OC 334 2 As mentes juvenis deixam de atingir seu mais nobre desenvolvimento quando negligenciam a mais alta fonte de sabedoria -- a Palavra de Deus. O fato de nos acharmos no mundo de Deus, em presença do Criador; o fato de sermos feitos à Sua imagem; de que Ele vela por nós e nos ama e cuida de nós -- eis maravilhosos temas para o pensamento, e que levam a mente a amplos, exaltados campos de meditação. Aquele que abre a mente e o coração a temas como esses jamais ficará satisfeito com assuntos triviais, de sensação. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 138, 139. O desrespeito paterno é refletido nos filhos OC 334 3 Mesmo quando bem novas, as crianças notam; e se os pais demonstram que a Palavra de Deus não é seu guia e conselheiro, se desrespeitam as mensagens que lhes são enviadas, verificar-se-á nos filhos o mesmo espírito negligente de: "Não me importa; seguirei meu próprio caminho." -- Manuscrito 49, 1898. Dar à palavra o seu honroso lugar OC 334 4 Como um povo que tem tido grande luz, devemos ser edificantes em nossas palavras e hábitos, em nossa vida doméstica e associação. Dai à Palavra sua honrada posição como guia no lar. Seja ela considerada conselheiro em cada dificuldade, a norma de cada ação. Convencer-se-ão meus irmãos e irmãs de que jamais poderá haver verdadeira prosperidade de qualquer pessoa no círculo familiar, a não ser que a verdade de Deus, a sabedoria da justiça presidam? Todos os esforços devem ser feitos pelos pais e mães para tirar de sua própria mente o hábito ocioso de considerar o serviço de Deus um fardo. O poder da verdade deve ser um agente santificador no lar. -- Carta 107, 1898. OC 335 1 Pais, dai a vossos filhos, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, a instrução contida na santa Palavra de Deus. Essa foi a obra que vos comprometestes a fazer quando vos batizastes. Não permitais que coisa alguma de caráter mundano vos impeça de realizar essa obra. Fazei tudo o que estiver ao vosso alcance para salvar a alma de vossos filhos, quer sejam ossos de vossos ossos e carne de vossa carne ou tenham sido recebidos em vossa família pela adoção. -- Manuscrito 70, 1900. O manual do lar OC 335 2 Pais, se quiserdes educar vossos filhos para servir a Deus e fazer o bem no mundo fazei da Bíblia o vosso guia. Ela expõe os ardis de Satanás. É a grande luz da humanidade, o reprovador e corregedor dos males morais, o que nos habilita a fazer distinção entre o verdadeiro e o falso. Seja o que for que se ensine no lar ou na escola, a Bíblia deve, como grande educadora, ter o primeiro lugar. Caso lhe for dado esse lugar, Deus será honrado e por vós trabalhará na conversão de vossos filhos. Há nesse santo Livro rica mina de verdade e beleza, e os pais terão de culpar-se a si mesmos se não o tornarem intensamente interessante para os filhos. -- Testimonies for the Church 5:322. OC 335 3 "Está Escrito" foi a única arma que Cristo usou quando o tentador chegou com os seus enganos. O ensino da verdade bíblica é a grande e sublime obra que todo pai deve empreender. Em agradável e alegre disposição de espírito, apresentai aos vossos filhos a verdade, conforme foi falada por Deus. Como pais e mães, podereis ser lições objetivas para as crianças na vida diária, praticando a paciência, a bondade e o amor, atraindo-as a vós. Não permitais que façam o que quiserem, mas mostrai-lhes que vosso trabalho é praticar a Palavra de Deus e criá-las na doutrina e na admoestação do Senhor. -- Manuscrito 5, 1896. Estudar diligente e sistematicamente OC 335 4 Tende método no estudo das Escrituras em vossa família. Negligenciai qualquer coisa que seja de natureza temporal, ... mas tende a certeza de que a alma é alimentada com o pão da vida. É impossível estimar os bons resultados de uma hora, ou mesmo de meia hora, cada dia, dedicada de maneira alegre e social à Palavra de Deus. Fazei da Bíblia seu próprio expositor, reunindo tudo que se diz concernente a um dado assunto, em tempos diferentes e sob circunstâncias várias. Não interrompais vossa aula doméstica para atender a pessoas que chamam ou a visitas. Se chegarem durante o culto, convidai-as a participar dele. Veja-se que considerais mais importante obter conhecimento da Palavra de Deus do que alcançar os lucros ou prazeres do mundo. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1883. OC 336 1 Se estudássemos diligentemente a Bíblia cada dia e com oração, veríamos diariamente alguma bela verdade em nova, clara e penetrante luz. -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 23. A lição da escola sabatina OC 336 2 A Escola Sabatina proporciona a pais e filhos uma oportunidade para o estudo da Palavra de Deus. Mas, a fim de que adquiram o benefício que deveriam alcançar na Escola Sabatina, cumpre tanto a pais como a filhos dedicar tempo ao estudo da lição, procurando obter completo conhecimento dos fatos apresentados, e também das verdades espirituais que esses fatos se destinam a ensinar. Devemos especialmente impressionar o espírito dos jovens com a importância de procurar o amplo significado da passagem em consideração. OC 336 3 Pais, separai um pequeno período, cada dia, para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos. Deixai a visita de sociabilidade, se necessário for, de preferência a sacrificar a hora dedicada às lições de História Sagrada. Tanto pais como filhos receberão benefício desse estudo. Confiem-se à memória as passagens mais importantes da Escritura ligadas à lição, e isto não como uma tarefa, mas como um privilégio. Embora a princípio a memória seja deficiente, ganhará força pelo exercício, de modo que depois de algum tempo vos deleitareis em assim armazenar as palavras da verdade. E tal hábito se demonstrará um valiosíssimo auxílio no crescimento espiritual. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 137, 138. OC 336 4 Os pais devem sentir ser sagrado o dever de instruir seus filhos nos estatutos e reivindicações de Deus, bem como nas profecias. Devem educar as crianças no lar, interessando-se eles mesmos nas lições da Escola Sabatina. Ao estudar com as crianças, mostram que dão importância à verdade apresentada nas lições, ajudando a criar gosto pelo conhecimento bíblico. -- Testimonies on Sabbath School Work, 111. Não satisfeito com um conhecimento superficial OC 336 5 A importância de buscar um completo conhecimento das Escrituras dificilmente pode ser avaliada. "Divinamente inspirada", capaz de nos fazer sábios "para a salvação", tornando o "homem de Deus... perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Timóteo 3:15-17), a Bíblia tem o mais elevado direito a nossa reverente atenção. Não nos devemos satisfazer com um conhecimento superficial, antes devemos procurar aprender o verdadeiro significado das palavras de verdade, beber com interesse do espírito dos profetas. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 139. Aplicar as lições OC 337 1 Ao ensinar a Bíblia às crianças, podemos conseguir muito observando a propensão de seu espírito, as coisas pelas quais se interessam, e despertando-lhes interesse para verem o que diz a Bíblia a respeito dessas coisas. Aquele que nos criou com nossas várias aptidões, deu em Sua Palavra alguma coisa a cada um. Vendo os alunos que as lições da Bíblia se aplicam à sua própria vida, ensinai-os a considerá-la como um conselheiro. ... OC 337 2 A Bíblia tem uma inesgotável plenitude, força e profundidade de sentido. Estimulai as crianças e os jovens a descobrirem seus tesouros, tanto de pensamentos como de expressões. -- Educação, 188. Estudar por si mesmo OC 337 3 Os pais e mães têm pesada responsabilidade com relação aos filhos. Os pais que crêem nas Escrituras, e as estudam, reconhecerão deverem obedecer aos mandamentos de Deus, não deverem andar contrários à Sua santa lei. Os que permitem a qualquer um, mesmo pastores, levá-los a desrespeitar a Palavra de Deus terão de, no juízo, defrontar-se com os resultados de sua atitude. Os pais não devem confiar sua própria alma e a dos filhos ao pastor, mas a Deus, de quem são, pela criação e pela redenção. Os pais devem estudar por si mesmos as Escrituras, pois têm almas a salvar ou a perder. Não devem consentir em depender do pastor para a salvação. Devem estudar eles mesmos a verdade. -- Manuscrito 33, 1900. Tornar o estudo da Bíblia interessante OC 337 4 Ensinem-se os jovens a amar o estudo da Bíblia. Seja o primeiro lugar de nosso pensamento e afeições concedido ao Livro dos livros, pois este contém o conhecimento de que necessitamos mais que todos os outros. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1883. OC 337 5 Para realizar essa obra, os próprios pais devem familiarizar-se com a Palavra de Deus. ... E em vez de falarem palavras vãs e apresentarem contos de fadas aos filhos, falar-lhes-ão sobre assuntos da Bíblia. Esse Livro não foi designado para eruditos apenas, foi escrito em estilo claro e simples, para alcançar a compreensão do povo comum; e, com as devidas explanações, grande parte dele pode ser tornada intensamente útil mesmo às crianças pequenas. -- The Signs of the Times, 8 de Abril de 1886. OC 337 6 Não penseis que a Bíblia se tornará para as crianças um livro enfadonho. Sob a direção de um instrutor prudente, a Palavra se tornará cada vez mais desejável. Ser-lhes-á como pão da vida, nunca envelhecerá. Nela há um frescor e beleza que atraem e encantam as crianças e os jovens. É como o Sol a resplandecer na Terra, dando seu brilho e calor, e nunca se esgotando, entretanto. Por meio de lições tiradas da história e doutrinas da Bíblia, as crianças e os jovens podem aprender que todos os outros livros são inferiores a esse. Podem ali encontrar uma fonte de misericórdia e amor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 171. OC 338 1 Pais, seja simples a instrução que dais a vossos filhos, e certificai-vos de que ela é claramente compreendida. As lições que aprendeis da Palavra, deveis apresentar às mentes juvenis tão claramente que não deixem de compreender. Por meio de lições simples, tiradas da Palavra de Deus, e da própria experiência, podeis ensiná-los a conformar a vida à mais elevada norma. Mesmo na meninice e juventude, podem aprender a viver vida ponderada, séria, que produza rica conquista de bem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 109. Usar os melhores métodos OC 338 2 Nosso Pai celestial, ao dar Sua Palavra, não deixou despercebidas as crianças. Onde é que, dentre tudo que os homens hajam escrito, se poderá encontrar algo que tenha tal influência sobre o coração das crianças, algo tão bem adaptado para despertar o interesse delas, como sejam as histórias da Bíblia? OC 338 3 Nessas singelas histórias podem-se esclarecer os grandes princípios da lei de Deus. Assim, por meio das ilustrações mais bem adaptadas à compreensão da criança, pais e professores podem começar muito cedo a cumprir a ordem do Senhor relativa aos Seus preceitos [ou palavras]: "E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, deitando-te, e levantando-te." Deuteronômio 6:7. OC 338 4 O uso de comparações, quadros-negros, mapas e gravuras, será de auxílio na explicação dessas lições e na fixação das mesmas na memória. Pais e professores devem constantemente procurar métodos aperfeiçoados. O ensino da Bíblia deve ter nossos mais espontâneos pensamentos, nossos melhores métodos, e nosso mais fervoroso esforço. -- Educação, 185, 186. Tomar a Bíblia como guia OC 338 5 Deveis fazer da Bíblia vosso guia, se quiserdes criar vossos filhos na doutrina e na admoestação do Senhor. Sejam a vida e o caráter de Cristo apresentados como um modelo que devem imitar. Caso errem, lede-lhes o que o Senhor disse com relação a idênticos pecados. Há necessidade de constante cuidado e diligência nessa obra. Um mau traço tolerado pelos pais, não corrigido pelos professores, pode fazer com que todo o caráter fique deformado e desequilibrado. Ensinai às crianças que devem ter um coração novo; que novos gostos devem ser criados, novos motivos inspirados. Devem ter o auxílio de Cristo; devem familiarizar-se com o caráter de Deus segundo é revelado em Sua Palavra. -- The Signs of the Times, 25 de Maio de 1882. ------------------------Capítulo 78 -- O poder da oração A necessidade da oração na família OC 339 1 Toda família deve construir seu altar de oração, reconhecendo que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Se alguma pessoa no mundo necessita da força e do encorajamento que a religião dá, são os responsáveis pela educação e ensino das crianças. Não poderão realizar sua obra de maneira aceitável a Deus, enquanto seu exemplo diário ensine aos que para eles olham em busca de orientação que podem viver sem Deus. Se educarem os filhos para viverem apenas para esta vida, estes não farão nenhum preparo para a eternidade. Morrerão como viveram, sem Deus, e os pais serão chamados para dar contas pela perda de sua alma. Pais e mães, precisais buscar a Deus de manhã e à tarde no altar da família, para que possais aprender a ensinar vossos filhos sábia, terna e amoravelmente. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1899. A negligência do culto familiar OC 339 2 Se houve um tempo em que cada casa deve ser uma casa de oração, é hoje. Prevalecem a incredulidade e o ceticismo. Predomina a iniqüidade. A corrupção penetra nas correntes vitais da alma, e irrompe na vida a rebelião contra Deus. Escravas do pecado, as faculdades morais estão sob a tirania de Satanás. A alma torna-se o joguete de suas tentações; e a menos que se estenda um braço poderoso para o salvar, o homem passa a ser dirigido pelo arqui-rebelde. OC 339 3 Contudo, neste tempo de terrível perigo, alguns que professam ser cristãos não celebram culto doméstico. Não honram a Deus no lar; não ensinam os filhos a amá-Lo e temê-Lo. Muitos se afastaram tanto dEle que se sentem sob condenação ao dEle se aproximar. Não podem chegar-se "com confiança ao trono da graça" (Hebreus 4:16), "levantando mãos santas, sem ira nem contenda". 1 Timóteo 2:8. Não desfrutam viva comunhão com Deus. Têm a forma de piedade sem o poder. -- Testemunhos Selectos 3:91. OC 340 1 A idéia de que a oração não seja prática essencial é um dos mais bem-sucedidos artifícios de Satanás para destruir almas. Oração é comunhão com Deus, a Fonte da sabedoria, o Manancial de poder, paz e felicidade. -- Testemunhos Selectos 3:91. A tragédia de um lar sem oração OC 340 2 Não sei de nada que me cause tão grande tristeza como um lar sem oração. Não me sinto segura em tal casa uma noite sequer; não fosse a esperança de ajudar os pais a reconhecerem sua necessidade e sua triste negligência, e eu ali não permaneceria. Os filhos mostram o resultado dessa negligência, pois não têm o temor de Deus. -- The Signs of the Times, 7 de Agosto de 1884. A oração formal não é aceitável OC 340 3 Em muitos casos, os cultos matutino e vespertino pouco mais são que uma mera forma, uma insípida e monótona repetição de frases estabelecidas em que o espírito de gratidão ou o senso da necessidade não se expressam. O Senhor não aceita tal culto. Mas as petições de um coração humilde e de um espírito contrito não desprezará. O abrir do coração a nosso Pai celestial, o reconhecimento de nossa inteira dependência, a expressão de nossas necessidades, a homenagem de grato amor, isso é verdadeira oração. -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1886. Vida doméstica de oração OC 340 4 Semelhantes aos patriarcas da antiguidade, os que professam amor a Deus, deveriam construir um altar ao Senhor onde quer que armem sua tenda. ... Pais e mães deveriam muitas vezes erguer seu coração a Deus em humilde súplica por si e por seus filhos. Que o pai, como sacerdote da casa, deponha sobre o altar de Deus o sacrifício da manhã e da tarde, enquanto a esposa e filhos se unem em oração e louvor! Em uma casa tal, Jesus gostará de demorar. -- Patriarcas e Profetas, 144. OC 340 5 Tenham em mente os membros de cada família que estão intimamente ligados aos Céus. O Senhor tem especial interesse nas famílias de Seus filhos aqui. Os anjos oferecem a fumaça de fragrante incenso pelos santos que oram. Então, em cada família ascendam ao Céu orações tanto de manhã como na hora fresca do pôr-do-sol em nosso favor, apresentando diante de Deus os méritos do Salvador. De manhã e à tarde, o universo celestial toma nota de cada família que ora. -- Manuscrito 19, 1900. Anjos guardam os filhos dedicados a Deus OC 341 1 Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida; e o pai, ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. Ide com humildade, coração cheio de ternura, e com o senso das tentações e perigos que se acham diante de vós e de vossos filhos; pela fé, atai-os ao altar, suplicando para eles o cuidado do Senhor. Anjos ministradores hão de guardar as crianças assim consagradas a Deus. OC 341 2 -- Testemunhos Selectos 1:147, 148. Cerca ao redor dos filhos OC 341 3 Os primeiros pensamentos do cristão pela manhã devem ser para Deus. Os trabalhos seculares e os interesses próprios devem vir em segundo lugar. Os filhos devem ser ensinados a respeitar e reverenciar a hora de oração. ... É dever dos pais cristãos, de manhã e à tarde, pela fervorosa oração e fé perseverante, porem um muro em torno de seus filhos. Cumpre-lhes instruí-los pacientemente -- bondosa e infatigavelmente ensinar-lhes a viver de maneira a agradar a Deus. -- Testemunhos Selectos 1:147, 148. Tempo determinado para o culto OC 341 4 Em cada família deve haver um tempo determinado para os cultos matutino e vespertino. Que apropriado é os pais reunirem os filhos em redor de si, antes de quebrar o jejum, agradecer ao Pai celeste Sua proteção durante a noite e pedir-Lhe auxílio, guia e proteção para o dia! Que adequado, também, em chegando a noite, é reunirem-se uma vez mais em Sua presença, pais e filhos, para agradecer as bênçãos do dia findo? -- Testemunhos Selectos 3:92. Não governados pelas circunstâncias OC 341 5 O culto familiar não deve ser governado pelas circunstâncias. Não deveis orar ocasionalmente e, quando tendes um grande dia de trabalho à vossa frente, negligenciar a oração. Assim fazendo, levais os filhos a considerar a oração sem importância especial. Muito significa a oração para os filhos de Deus, e as ofertas de gratidão devem ascender diante de Deus de manhã e à tarde. Diz o salmista: "Vinde, cantemos ao Senhor! Cantemos com júbilo à Rocha da nossa salvação! Apresentemo-nos ante a Sua face com louvores e celebremo-Lo com salmos." Salmos 95:1, 2. -- Manuscrito 12, 1898. OC 342 1 Pais e mães, por mais urgentes que sejam vossos afazeres, não deixeis de reunir vossa família em torno do altar de Deus. Pedi a guarda dos santos anjos, em vosso lar. Lembrai-vos de que vossos queridos estão sujeitos a tentações. -- A Ciência do Bom Viver, 393. OC 342 2 Em nossos esforços pelo conforto e felicidade dos hóspedes, não esqueçamos nossas obrigações para com Deus. A hora de oração não deve ser negligenciada por consideração nenhuma. Não converseis nem vos divirtais até que fiqueis demasiado cansados para fruir o período de devoção. Fazer isso é apresentar a Deus uma oferta defeituosa. Cedo ainda ao anoitecer, quando podemos orar, sem atropelamento e de maneira inteligente, devemos apresentar nossas súplicas, erguendo a voz em feliz e grato louvor. OC 342 3 Que todos quantos visitam os cristãos vejam que a hora de oração é a mais preciosa, a mais sagrada e feliz hora do dia. Essas horas de devoção exercem uma influência enobrecedora em todos quantos dela participam. Trazem uma paz e um sossego agradáveis ao espírito. -- Mensagens aos Jovens, 342. As crianças devem respeitar a hora do culto OC 342 4 Vossos filhos devem ser ensinados a ser afáveis, atenciosos, dóceis, prestativos, mas sobretudo respeitadores das coisas santas e das reivindicações divinas. Devem ser instruídos a respeitar as horas de oração e a levantar-se cedo para tomar parte no culto da família. -- Testemunhos Selectos 2:133. Tornar interessante o período do culto OC 342 5 O pai, que é o sacerdote da família, deve dirigir os cultos matutino e vespertino. Não há razão para que esse não seja o exercício mais interessante e agradável da vida no lar, e Deus é desonrado quando ele se torna sem vida e tedioso. Sejam os períodos de culto familiar curtos e espirituais. Não deixeis que vossos filhos, ou qualquer membro da família, os tema, devido à sua monotonia ou falta de interesse. Quando um capítulo comprido é lido e explicado e se faz uma longa oração, esse precioso culto se torna enfadonho e é um alívio quando passa. OC 342 6 Deve ser o alvo principal dos chefes da família tornar a hora de culto muitíssimo interessante. Por uma pequena atenção e cuidadoso preparo para esse período, em que vamos à presença de Deus, o culto familiar pode tornar-se agradável, e será acompanhado de resultados que só a eternidade revelará. OC 343 1 Escolha o pai um trecho das Escrituras que seja interessante e facilmente compreendido; alguns versos serão suficientes para dar uma lição que possa ser estudada e praticada durante todo o dia. Podem-se fazer perguntas. Podem-se fazer declarações interessantes. Ou pode ser apresentado, como ilustração, algum incidente curto e ao ponto. Podem ser cantadas, pelo menos, algumas estrofes de cânticos animados; e a oração feita deve ser curta e ao ponto. O que dirige a oração não deve orar a respeito de todas as coisas, antes deve exprimir suas necessidades com palavras simples e louvar a Deus com ações de graças. -- The Signs of the Times, 7 de Agosto de 1884. OC 343 2 Para que se desperte e fortaleça o amor ao estudo da Bíblia, muito depende do uso feito da hora de culto. As horas dos cultos matutino e vespertino devem ser as mais agradáveis e auxiliadoras do dia. Compreenda-se que nessas horas nenhum pensamento perturbador ou mau se deve intrometer; que pais e filhos se reúnam a fim de se encontrarem com Jesus, e convidar ao lar a presença dos santos anjos. Seja o culto breve e cheio de vida, adaptado à ocasião, e variado de tempo em tempo. Tomem todos parte na leitura da Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes a lei de Deus. Contribuirá para maior interesse das crianças ser-lhes algumas vezes permitido escolher o trecho a ser lido. Interrogai-as a respeito do mesmo, e permiti que façam perguntas. Mencionai qualquer coisa que sirva para ilustrar o sentido. Se o culto não se tornar demasiado longo, fazei com que os pequeninos tomem parte na oração e unam-se eles ao canto, ainda que seja uma única estrofe. -- Educação, 186. Orar clara e distintamente OC 343 3 Pelo vosso próprio exemplo, ensinai vossos filhos a orar com voz clara e distinta. Ensinai-lhes a levantar a cabeça da cadeira e a nunca cobrir o rosto com as mãos. Assim poderão fazer suas orações simples, repetindo em conjunto a oração do Senhor. -- Manuscrito 12, 1898. O poder da música OC 343 4 A história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos e benefícios da música e do canto. A música muitas vezes é pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos poderes mais sedutores para a tentação. Corretamente empregada, porém, é um dom precioso de Deus, destinado a erguer os pensamentos às coisas altas e nobres, a inspirar e elevar a alma. ... OC 343 5 É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes, ao coração oprimido duramente e pronto a desesperar, vêm à memória algumas das palavras de Deus -- as de um estribilho, há muito esquecido, de um hino da infância -- e as tentações perdem o seu poder, a vida assume nova significação e novo propósito, e o ânimo e a alegria se comunicam a outras pessoas! OC 344 1 Nunca se deve perder de vista o valor do canto como meio de educação. Que haja cântico no lar, de hinos que sejam suaves e puros, e haverá menos palavras de censura e mais de animação, esperança e alegria! Haja canto na escola, e os alunos serão levados mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros! OC 344 2 Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração. Efetivamente, muitos hinos são orações. Se a criança é ensinada a compreender isso, ela pensará mais no sentido das palavras que canta, e se tornará mais susceptível à sua influência. -- Educação, 166-168. Instrumental e vocal OC 344 3 À noitinha e pela manhã, uni-vos aos vossos filhos no culto de Deus, lendo Sua Palavra e cantando Seu louvor. Ensinai-os a repetir a lei de Deus. Os israelitas eram ensinados acerca dos mandamentos: "E as intimarás [as palavras] a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te." Deuteronômio 6:7. Portanto, Moisés dirigiu os israelitas a porem as palavras da lei em música. Enquanto os filhos mais velhos tocavam instrumentos, os mais novos marchavam cantando em concerto o canto dos mandamentos de Deus. Em anos posteriores, eles conservavam na memória as palavras da lei que haviam aprendido durante a infância. OC 344 4 Se era essencial que Moisés incorporasse os mandamentos em canto sagrado, de modo que, enquanto caminhavam pelo deserto, os filhos aprendessem a cantar a lei verso por verso, quão essencial é, no tempo atual, ensinar a nossos filhos a Palavra de Deus! Vamos nós em socorro do Senhor, instruindo nossos filhos a observarem os mandamentos ao pé da letra. Façamos tudo quanto nos é possível para fazer música em nosso lar, para que Deus possa aí entrar. -- Evangelismo, 499, 500. Período especial de culto no Sábado OC 344 5 No culto familiar, tomem parte também as crianças, cada qual com sua Bíblia, lendo dela um ou dois versículos. Cante-se então um hino preferido, seguido de oração. Desta, Cristo nos deixou um modelo. A oração do Senhor não foi destinada para ser simplesmente repetida como uma fórmula, mas é uma ilustração de como devem ser as nossas orações -- simples, fervorosas e abarcantes. Em singela petição, contai ao Senhor as vossas necessidades e exprimi gratidão por Suas bênçãos. Desse modo, saudareis a Jesus como hóspede bem-vindo em vosso lar e coração. Em família convém evitar orações longas e sobre assuntos remotos. Essas orações enfadam, em vez de constituírem um privilégio e uma bênção. Fazei da hora da oração um momento deleitável e interessante. -- Testemunhos Selectos 3:24. Mais oração, menos castigo OC 345 1 Devemos orar a Deus muito mais do que fazemos. Há grande força e bênção em orar em conjunto em nossa família, com os filhos e por eles. Quando meus filhos cometem um erro, tenho conversado bondosamente com eles e então com eles orado; depois disso, jamais achei necessário puni-los. Seu coração se desmanchava em ternura diante do Espírito Santo, que veio em resposta à oração. -- Manuscrito 47, 1908. Os benefícios da oração a sós OC 345 2 Era nas horas de oração solitária que Jesus, em Sua vida terrestre, recebia sabedoria e poder. Sigam os jovens o Seu exemplo, procurando, na aurora e ao crepúsculo, uns momentos tranqüilos para a comunhão com seu Pai celestial. E durante o dia todo levantem eles o coração a Deus. A cada passo em nosso caminho, diz Ele: "Eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita: ... não temas, que Eu te ajudo." Isaías 41:13. Aprendessem nossos filhos essas lições na manhã de seus anos, e que vigor e poder, que alegria e doçura lhes penetrariam a vida! -- Educação, 259. As portas do céu estão abertas OC 345 3 Quando Cristo Se curvou às margens do Jordão, depois de Seu batismo, e ofereceu uma oração em favor da humanidade, os céus se abriram; e o Espírito de Deus, como uma pomba de ouro polido, rodeou o Salvador; e veio do Céu uma voz que dizia: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mateus 3:17. OC 345 4 Que significado tem isso para vós? Diz que o Céu está aberto às vossas orações. Diz que sois aceitos no Amado. As portas estão abertas para toda mãe que lançar seu fardo aos pés do Salvador. Diz que Cristo rodeou a raça com Seu braço humano, e com o braço divino apegou-Se ao trono do Infinito, unindo o homem com Deus, e a Terra ao Céu. -- The Signs of the Times, 22 de Julho de 1889. OC 345 5 As orações das mães cristãs não são desatendidas pelo Pai de todos, que enviou Seu Filho à Terra para resgatar um povo para Si mesmo. Ele não Se desviará de vossas petições, deixando a vós e aos vossos como brinquedo de Satanás, no grande dia do conflito final. É vossa parte trabalhar com simplicidade e fidelidade, e Deus estabelecerá a obra de vossas mãos. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. ------------------------Capítulo 79 -- Sábado -- dia deleitoso Desrespeito ao Sábado OC 346 1 Foi-me mostrado que muitos dos pais que professam crer na solene mensagem para este tempo não têm educado os filhos para Deus. Não se têm restringido; antes se irritam contra qualquer pessoa que os tente reprimir. Não têm, por meio de uma fé viva, unido os filhos no altar do Senhor. A muitos desses jovens se têm permitido transgredir o quarto mandamento, em procurar seus próprios prazeres no santo dia do Senhor. Não sentem a consciência pesarosa por perambularem pelas ruas em busca de seus próprios divertimentos. Muitos vão aonde lhes apraz, e fazem o que querem; e seus pais têm tanto medo de desagradá-los que, imitando o procedimento de Eli, não exigem nada deles. OC 346 2 Esses jovens finalmente perdem todo o respeito ao sábado e nenhuma apreciação têm pelas reuniões religiosas e às coisas sagradas e eternas. -- Testimonies for the Church 5:36, 37. A primeira palavra do quarto mandamento OC 346 3 "Lembra-te" é colocado bem no princípio do quarto mandamento. Êxodo 20:8. Pais, precisais lembrar-vos vós mesmos do dia de sábado para o santificar. E se o fizerdes, estareis dando aos vossos filhos a devida instrução, e eles reverenciarão o santo dia de Deus. ... Há necessidade de educação cristã em vosso lar. Durante toda a semana, tende em vista o santo sábado do Senhor, pois esse dia deve ser dedicado ao serviço de Deus. É o dia em que as mãos devem descansar dos empreendimentos mundanos, em que as necessidades da alma devem receber especial atenção. -- Manuscrito 57, 1897. OC 346 4 Quando o sábado é lembrado dessa forma, as coisas temporais não influirão sobre o exercício espiritual de modo a prejudicá-lo. Nenhum serviço relacionado aos seis dias de trabalho será deixado para o sábado. Durante a semana, teremos o cuidado de não esgotar as energias com trabalho físico a ponto de, no dia em que o Senhor repousou e Se restaurou, estarmos fatigados demais para tomar parte no Seu culto. -- Testemunhos Selectos 3:21. Fazer da sexta-feira o dia de preparação OC 347 1 Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isso como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr-do-sol, ponde de parte todo o trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento. -- Testemunhos Selectos 3:22. OC 347 2 Em muitas famílias [no sábado], as botas e os sapatos são engraxados e polidos, e fazem-se pequenos consertos, e tudo isso porque essas minúcias não foram feitas na sexta-feira. Esqueceram-se da ordem: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." Êxodo 20:8. ... OC 347 3 Na sexta-feira, a roupa das crianças deve ser examinada. Durante a semana, já deve ter sido toda preparada por suas próprias mãos sob a direção da mãe, para que possam vesti-la calmamente, sem qualquer confusão ou correria e palavras precipitadas. -- Manuscrito 57, 1897. OC 347 4 Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia, todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. -- Testemunhos Selectos 3:22, 23. O sábado começa com a família reunida OC 347 5 Antes do pôr-do-sol, todos os membros da família devem reunir-se para estudar a Palavra de Deus, cantar e orar. A esse respeito estamos necessitados de uma reforma, porque muitos há que se estão tornando negligentes. Temos que confessar as faltas a Deus e uns aos outros. Devemos tomar disposições especiais para que cada membro da família possa estar preparado para honrar o dia que Deus abençoou e santificou. -- Testemunhos Selectos 3:23. As horas do Sábado não são nossas OC 348 1 Deus nos deu todos os seis dias em que trabalhar, e apenas reservou um para Si. Deve este ser um dia de bênçãos para nós -- um dia em que ponhamos de parte todas as nossas questões seculares e centralizemos nossos pensamentos em Deus e no Céu. -- Manuscrito 3, 1879. OC 348 2 Ao começar o sábado, devemos pôr-nos guarda a nós mesmos, a nossos atos e palavras, para que não roubemos a Deus, apropriando-nos para nosso próprio uso daquele tempo que pertence estritamente ao Senhor. Não devemos fazer nós mesmos, nem permitir que nossos filhos façam, qualquer espécie de trabalho pessoal para subsistência, ou qualquer coisa que poderia ter sido feita durante os seis dias de trabalho. A sexta-feira é o dia de preparação. O tempo pode ser então dedicado a fazer os necessários preparativos para o sábado, a pensar e falar sobre isso. Coisa alguma que possa, aos olhos do Céu, ser considerada transgressão do santo sábado, deve deixar-se por dizer ou fazer no sábado. Deus requer, não somente que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplinada de modo a pensar em temas santos. O quarto mandamento é transgredido mediante o conversar-se sobre coisas mundanas, ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer coisa ou sobre tudo que nos vem à mente, é falar nossas próprias palavras. Todo o desvio do direito nos põe em servidão e condenação. -- Testemunhos Selectos 1:290. Preciosas demais OC 348 3 Ninguém se deve permitir durante a semana ficar tão absorvido com as coisas temporais e tão exausto devido aos esforços para conseguir o ganho terreno, que no sábado não tenha forças ou energias para empregar no serviço do Senhor. Quando nos incapacitamos para O adorar no Seu santo dia, estamos roubando ao Senhor. Também estamos roubando a nós mesmos; pois precisamos do calor e do brilho da associação, bem como da força que se pode obter da sabedoria e da experiência de outros cristãos. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. OC 348 4 Não deveis perder as preciosas horas do sábado, levantando-vos tarde. No sábado, a família deve levantar-se cedo. Despertando tarde, é fácil atrapalhar-se com a refeição matinal e a preparação para a Escola Sabatina. Disso resulta pressa, impaciência e precipitação, dando lugar a que a família se possua de sentimentos impróprios desse dia. Assim profanado, o sábado torna-se um fardo, e sua aproximação será para ela antes motivo de desagrado do que de regozijo. -- Testemunhos Selectos 3:23. Freqüentar os cultos com os filhos OC 348 5 Os pais e mães devem tornar uma regra que seus filhos assistam ao culto público no sábado. E devem pôr em vigor essa regra pelo seu próprio exemplo. É nosso dever ordenar nossos filhos e nossa casa depois de nós, como fez Abraão. Tanto pelo exemplo como por preceito, devemos impressioná-los com a importância do ensino religioso. Todos os que fizeram o voto batismal têm-se consagrado solenemente ao serviço de Deus; estão sob a obrigação contratual e se colocarem, e aos seus filhos, onde possam obter todos os incentivos e animação possíveis na vida cristã. -- The Review and Herald, 13 de Junho de 1882. OC 349 1 Mas, enquanto adoramos a Deus, não devemos considerar isto um trabalho penoso e ingrato. O sábado do Senhor deve tornar-se uma bênção para nós e para nossos filhos. Devem considerar o sábado como um dia deleitoso, um dia que Deus santificou; e assim o considerarão, se forem devidamente ensinados. -- Manuscrito 3, 1879. Roupas apropriadas para a casa de culto OC 349 2 Muitos precisam ser instruídos quanto ao modo de se apresentarem nas reuniões para o culto do sábado. Não devem comparecer à presença divina com roupa usada no serviço durante a semana. Todos devem ter uma roupa especial para assistir aos cultos de sábado. Conquanto não seja lícito adaptar-nos às modas do mundo, nossa aparência exterior não nos deve ser indiferente. Devemos vestir-nos com asseio e elegância, mesmo que sem luxo e sem adornos. Os filhos de Deus devem estar limpos interior e exteriormente. -- Testemunhos Selectos 3:22. Explicar às crianças o sermão do Sábado OC 349 3 Os pastores estão empenhados numa obra sagrada e solene, mas sobre os ouvintes repousa uma responsabilidade igualmente tão sagrada. Devem ouvir com a determinação de seguir a instrução que todos devem pôr em prática para alcançar a vida eterna. Todo ouvinte deve esforçar-se por compreender cada apresentação da verdade bíblica como sendo uma mensagem de Deus para ele, para ser recebida pela fé e posta em prática na vida diária. Os pais devem explicar aos filhos as palavras faladas no púlpito, para que eles também possam compreender e ter aquele conhecimento que, posto em prática, traz abundante graça e paz. -- Manuscrito 41, 1903. Preparar um prato especial para o almoço OC 349 4 Não devemos, no sábado, aumentar a quantidade de alimento ou preparar maior variedade do que nos outros dias. Ao contrário, a refeição no sábado deve ser mais simples, sendo conveniente comer menos do que comumente, a fim de ter o espírito claro e em condições de compreender os temas espirituais. A alimentação em excesso entorpece a mente. As mais preciosas verdades podem ser ouvidas sem serem apreciadas, por estar a mente obscurecida por um regime alimentar impróprio. Por comer demais aos sábados, muitos têm contribuído mais do que imaginam para desonrar a Deus. OC 350 1 Embora deva abster-se de cozinhar aos sábados, não é necessário ingerir a comida fria. Em dias frios, convém aquecer o alimento preparado no dia anterior. As refeições, posto que simples, devem ser apetitosas e atraentes. Trate-se de arranjar qualquer prato especial, que a família não costuma comer todos os dias. -- Testemunhos Selectos 3:23, 24. O resto do dia é precioso OC 350 2 A Escola Sabatina e o culto de pregação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo os pais deverão passar com os filhos. -- Testemunhos Selectos 3:24. Planejar leitura e conversa OC 350 3 O sábado -- oh! -- tornai-o o dia mais doce e mais abençoado de toda a semana. ... Os pais podem e devem dar atenção aos filhos, lendo-lhes as partes mais atraentes da história bíblica, ensinando-os a reverenciar o dia de sábado, guardando-o segundo o mandamento. E isso não se poderá realizar se os pais não sentirem a responsabilidade de interessar os filhos. Mas, se seguirem a devida atitude, poderão tornar o sábado um deleite! As crianças podem ser interessadas na boa leitura ou na conversa acerca da salvação de sua alma. Mas terão de ser educadas e ensinadas. O coração natural não gosta de pensar em Deus, no Céu, ou nas coisas celestiais. Deve haver uma contínua resistência à corrente de mundanismo e inclinação para fazer o mal, permitindo uma entrada da luz celestial. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. Não ser indiferente às atividades das crianças OC 350 4 Tenho verificado que no dia de sábado muitos são indiferentes e não sabem onde estão os filhos, nem o que estão fazendo. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1885. OC 350 5 Pais, acima de tudo, cuidai de vossos filhos no sábado. Não consintais que violem o santo dia de Deus brincando em casa ou ao ar livre. Vós podereis também transgredir igualmente o sábado ao permitir que vossos filhos o façam. E quando consentis que eles perambulem, ou permitis que brinquem no sábado, Deus vos considera transgressores do sábado. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. Ao ar livre com as crianças OC 351 1 Os pais podem levar os filhos ao ar livre para ver a Deus na natureza. Podem estes ser dirigidos para as flores desabrochadas e os botões que se entreabrem, às árvores altaneiras e às belas hastes da grama; e ser ensinados que Deus fez tudo isso em seis dias e no sétimo descansou e o santificou. Assim os pais podem dar suas instrutivas lições aos filhos, para que, quando eles contemplarem as coisas da natureza, se recordem do grande Criador de todas elas. Seus pensamentos serão dirigidos para o Deus da natureza -- voltar-se-ão para a criação de nosso mundo, quando se pôs o fundamento do sábado e todos os filhos de Deus rejubilaram. Tais são as lições a imprimir na mente de nossos filhos. OC 351 2 Não devemos ensinar aos nossos filhos que não devem ser alegres no sábado, que é errado andar ao ar livre. Oh, não! Cristo conduzia os discípulos para fora, à beira do lago, no dia de sábado, e os ensinava. Seus sermões de sábado, nem sempre eram pregados em recintos fechados. -- Manuscrito 3, 1879. Outras lições da natureza OC 351 3 Ensinai as crianças a ver Cristo na natureza. Levai-as ao ar livre, à sombra das nobres árvores do quintal; e em todas as maravilhosas obras da criação ensinai-as a ver uma expressão de Seu amor. Ensinai-lhes que Ele fez as leis que regem todas as coisas vivas, que fez leis também para nós, e que elas visam nossa felicidade e alegria. Não as fatigueis com longas orações e exortações tediosas, mas, mediante as lições objetivas da natureza, ensinai-lhes a obediência à lei de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 516. Dar verdadeira idéia do caráter de Deus OC 351 4 Como podem as crianças obter um mais correto conhecimento de Deus, e seu espírito ser mais impressionado, do que passando parte do tempo ao ar livre, não em brincadeiras, mas na companhia de seus pais? Que sua mente juvenil se ligue a Deus no belo cenário da natureza, seja sua atenção chamada às provas de Seu amor ao homem nas obras criadas, e elas serão atraídas e interessadas. Não estarão em risco de associarem o caráter de Deus com tudo quanto é rude e severo; mas, ao verem as belas coisas que Ele criou para a felicidade do homem, serão levadas a considerá-Lo um terno e amorável Pai. Verão que Suas proibições e ordens não são feitas meramente para mostrar Seu poder e autoridade, mas têm em vista a felicidade dos Seus filhos. Ao revestir-se o caráter de Deus do aspecto de amor, benevolência, beleza e atração, elas são induzidas a amá-Lo. Podeis encaminhar-lhes a mente aos lindos pássaros, que enchem o espaço de música ao gorjearem seus cânticos, às hastes de relva e às flores de maravilhoso colorido, em sua perfeição, a perfumarem o ar. Todos esses proclamam o amor e habilidade do Artista celeste, e manifestam a glória de Deus. OC 352 1 Pais, por que não empregar as preciosas lições que Deus nos deu no livro da natureza, de modo a dar a nossos filhos uma idéia justa do Seu caráter? Os que sacrificam a simplicidade à moda, e se excluem das belezas naturais, não podem ter mente espiritual. Não podem entender a habilidade e o poder de Deus como se revelam em Suas obras criadas; portanto, seu coração não é vivificado e não pulsa com novo amor e interesse, e não se enchem de respeito e reverência ao verem Deus na natureza. -- Testemunhos Selectos 1:280. Um dia para viver a vida do Éden OC 352 2 O valor do sábado, como um meio educativo, está além de toda a apreciação. O que quer que, de nossas posses, Deus exija de nós, Ele devolve enriquecido, transfigurado e com Sua própria glória. ... OC 352 3 O sábado e a família foram, semelhantemente, instituídos no Éden, e no propósito de Deus acham-se indissoluvelmente ligados um ao outro. Nesse dia, mais do que em qualquer outro, é-nos possível viver a vida do Éden. Era o plano de Deus que os membros da família se associassem no trabalho e estudo, no culto e recreação, sendo o pai o sacerdote da casa, e pai e mãe os professores e companheiros dos filhos. Mas os resultados do pecado, tendo mudado as condições da vida, impedem em grande parte essa associação. Muitas vezes, o pai dificilmente vê a face de seus filhos durante toda a semana. Acha-se quase totalmente privado de oportunidade para a companhia ou instrução. O amor de Deus, porém, estabeleceu um limite às exigências do trabalho. Sobre o sábado Ele põe Sua misericordiosa mão. No Seu próprio dia Ele reserva à família a oportunidade da comunhão com Ele, com a natureza, e uns com os outros. -- Educação, 250, 251. Tornar o Sábado um deleite OC 352 4 Todos quantos amam a Deus devem fazer o que lhes seja possível para tornarem o sábado deleitoso, santo e digno de honra. Não podem fazer isso buscando o próprio prazer em distrações pecaminosas, proibidas. Podem, todavia, fazer muito para exaltar o sábado em sua família, e torná-lo o dia mais interessante da semana. Cumpre-nos consagrar tempo a interessar nossos filhos. Uma mudança terá sobre eles benéfica influência. Podemos andar com eles ao ar livre; sentar-nos com eles nos arvoredos e à luz do Sol, e oferecer à sua mente irrequieta algo em que se apascentar, mediante o conversar com eles sobre as obras de Deus, e podemos inspirar-lhes amor e reverência chamando-lhes a atenção aos belos objetos da natureza. OC 353 1 Devemos tornar o sábado tão interessante para nossa família, que sua volta semanal seja saudada com alegria. Os pais não podem melhor exaltar o sábado e honrá-lo, do que idealizando meios de comunicar a devida instrução a sua família, interessando-a nas coisas espirituais, dando-lhes uma visão correta do caráter de Deus, e do que Ele requer de nós a fim de aperfeiçoarmos caráter cristão, e alcançarmos a vida eterna. Pais, tornai o sábado um deleite, para que vossos filhos o aguardem, acolhendo-o de coração. -- Testemunhos Selectos 1:281. Um clímax de oração e cântico OC 353 2 Ao pôr-do-sol, elevai a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana. OC 353 3 Desse modo, os pais poderão fazer do sábado o que em realidade deve ser, isto é, o mais alegre dos dias da semana, induzindo assim os filhos a considerá-lo um dia deleitoso, o dia por excelência, santo ao Senhor e digno de honra. -- Testemunhos Selectos 3:25. ------------------------Capítulo 80 -- Reverência para com o que é santo A preciosa graça da reverência OC 354 1 Outra preciosa graça que cuidadosamente se deve cultivar é a reverência. -- Educação, 242. OC 354 2 A mocidade deve ser educada a elevar em seu conceito o caráter das coisas sagradas e a praticar a verdadeira devoção na casa de Deus. Muitos dos que professam ser filhos do celeste Rei não apreciam devidamente a santidade das coisas eternas. -- Testemunhos Selectos 2:199. Deus deve ser reverenciado OC 354 3 A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por uma intuição de Sua infinita grandeza e consciência de Sua presença. Com essa percepção do Invisível o coração de toda criança deve ser profundamente impressionado. -- Educação, 242. OC 354 4 "Deus deve ser em extremo tremendo na assembléia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que O cercam." Salmos 89:7. Seu nome deve ser reverenciado OC 354 5 Deve também mostrar-se reverência pelo nome de Deus. Jamais deve esse nome ser proferido levianamente, precipitadamente. Mesmo na oração, deve ser evitada sua repetição freqüente e desnecessária. "Santo e tremendo é o Seu nome."Salmos 111:9. Os anjos, quando pronunciam esse nome, velam o rosto. Com que reverência devemos nós, que somos decaídos e pecadores, tomá-lo nos lábios? -- Educação, 243. Sua palavra é sagrada OC 354 6 Devemos reverenciar a Palavra de Deus. Devemos mostrar respeito para com o volume impresso, nunca fazendo dele usos comuns, ou manuseando-o descuidadamente. Jamais as Escrituras devem ser citadas em uma piada, ou referidas para reforçar um dito espirituoso. "Toda a Palavra de Deus é pura" (Provérbios 30:5), "como prata refinada em forno de barro e purificada sete vezes." Salmos 12:6. -- Educação, 243, 244. OC 354 7 Deve-se ensinar às crianças a respeitar cada palavra que procede da boca de Deus. Os pais sempre devem engrandecer os preceitos da Lei do Senhor diante dos filhos, mostrando obediência a essa lei, ao viverem eles mesmos sob o domínio de Deus. Tome o senso da santidade da lei posse dos pais, e isso certamente transformará o caráter, convertendo a alma. -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1898. O lugar da oração OC 355 1 Em todo lar cristão, Deus deve ser honrado pelo sacrifício de oração e louvor, de manhã e à noite. As crianças devem ser ensinadas a respeitar e reverenciar a hora da oração. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 110. Deve-se ensiná-la [a criança] a considerar como sagrados a hora e o lugar das orações e cerimônias do culto público, porque Deus está ali. E ao manifestar-se reverência na atitude e no porte, aprofundar-se-á o sentimento que a inspira. -- Educação, 242, 243. A casa de Deus OC 355 2 Bom seria aos jovens e velhos estudar e ponderar, e muitas vezes repetir aquelas palavras das Santas Escrituras que mostram como o lugar assinalado pela presença especial de Deus deve ser considerado. OC 355 3 "Tira os teus sapatos de teus pés", Ele mandou a Moisés, na sarça ardente; "porque o lugar em que estás é terra santa." Êxodo 3:5. OC 355 4 Jacó, depois de contemplar a visão dos anjos, exclamou: "Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. ... Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos Céus." Gênesis 28:16, 17. "O Senhor está no Seu santo templo; cale-se diante dEle toda a Terra." Habacuque 2:20. -- Educação, 243. OC 355 5 Muitos... não apreciam devidamente a santidade das coisas eternas. Quase todos precisam ser ensinados como se portar na casa de oração. Os pais devem não só ensinar, como exortar os filhos a entrarem no santuário divino com seriedade e reverência. -- Testemunhos Selectos 2:199. Guardar-se da indiferença OC 355 6 Da santidade atribuída ao santuário terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o Senhor Se propõe encontrar-Se com Seu povo. Houve uma grande mudança, não para melhor mas para pior, nos hábitos e costumes do povo com relação ao culto religioso. As coisas sagradas e preciosas, destinadas a prender-nos a Deus, estão quase perdendo sua influência sobre nosso espírito e coração, sendo rebaixadas ao nível das coisas comuns. A reverência que o povo antigamente revelava para com o santuário onde se encontrava com Deus, em serviço santo, quase deixou de existir completamente. Entretanto, Deus mesmo deu as instruções para Seu culto elevando-o acima de tudo quanto é terreno. -- Testemunhos Selectos 2:193. OC 355 7 Freqüentemente a casa de Deus é desonrada e o sábado violado, pelos filhos de observadores do sábado. Em alguns casos, é-lhes até permitido correr de uma parte para outra na casa, brincar, conversar e manifestar seu mau gênio, mesmo nas reuniões em que os anjos devem adorar a Deus na beleza da santidade. E o lugar que deve ser santo, e onde deve reinar santa calma, e onde deve haver perfeita ordem, limpeza e humildade, é transformado numa perfeita Babilônia, "numa confusão". E isso é suficiente para o desagrado de Deus e para desviar Sua presença de nossas assembléias. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. Temos mais razões para a reverência do que os hebreus OC 356 1 É um fato deplorável que a reverência pela casa de Deus esteja quase extinta. As coisas e lugares sagrados já não se discernem; as coisas santas e elevadas não são apreciadas. Não haverá uma causa para essa falta de legítima piedade nas famílias? Não será acaso porque a elevada norma da religião esteja abatida até ao pó? Deus deu a Seu povo na antiguidade regras precisas e exatas sobre ordem. Porventura terá mudado? Não será Ele mais o Altíssimo e Todo-poderoso que domina sobre o Universo? Não conviria lermos as instruções que Deus mesmo Se dignou dar aos antigos hebreus para que nós, que temos a Verdade gloriosa irradiando sobre nós, os imitemos em sua reverência para com a casa de Deus? Temos motivos de sobra... para ser mais ponderados e reverentes em nosso culto do que os judeus. Mas o inimigo tem estado a trabalhar, a fim de destruir nossa fé na santidade do culto cristão. -- Testemunhos Selectos 2:198. A igreja: o Santuário da congregação OC 356 2 A casa é o santuário da família; e o aposento ou a floresta, o lugar mais recôndito para o culto individual; mas a igreja é o santuário da congregação. Devem existir aí regulamentos quanto ao tempo, lugar e maneira de culto. -- Testemunhos Selectos 2:193. Ensinar as crianças a entrar com reverência OC 357 3 Pais, exaltai o padrão do cristianismo no espírito de vossos filhos; ajudai-os a entretecer a pessoa de Jesus em sua experiência; ensinai-os a ter o maior respeito pela casa de Deus e a compreender que, quando entram ali, devem fazê-lo com o coração comovido, ocupando-se com pensamentos como estes: "Deus está aqui; esta é a Sua casa. Devo alimentar pensamentos puros e guiar-me pelos mais santos propósitos. Não devo conservar em meu coração orgulho, inveja, ciúme, suspeitas, ódio ou engano; porque estou na presença de Deus. Este é o lugar onde Deus vem ter com Seu povo e o abençoa. O Altíssimo e santo, que habita na eternidade, me vê, esquadrinha meu coração, e lê meus mais secretos pensamentos e atos de minha vida." -- Testemunhos Selectos 2:196. Permanecer com os pais OC 357 1 O sentimento moral dos que adoram a Deus no Seu santuário tem de ser elevado, apurado e santificado. Eis o que tem sido deploravelmente negligenciado. É assunto que foi votado ao desprezo e o resultado disso é a desordem e irreverência que passaram a imperar e Deus é desonrado. Se os dirigentes de igrejas, os pastores, o povo, os pais, não têm idéias mais elevadas a esse respeito, que poderão esperar de crianças inexperientes? Estas são muitas vezes encontradas em grupos, afastadas dos pais que deviam tomar conta delas; e embora se encontrem na presença de Deus, cujos olhos sobre elas repousam, põem-se a cochichar e a rir, portando-se inconvenientemente, e mostrando-se desrespeitosas e desatentas. -- Testemunhos Selectos 2:199. Sóbrios e quietos OC 357 2 Não tenhais tão pouca reverência pela casa e o culto de Deus, a ponto de palestrar uns com os outros durante o sermão. Se os que cometem essa falta pudessem ver os anjos de Deus observando-os e anotando suas ações, encher-se-iam de vergonha e desprezo de si próprios. Deus quer ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que o inimigo semeou o joio. -- Mensagens aos Jovens, 266. Não agir como se estivessem em lugar comum OC 357 3 Deve haver um lugar sagrado, como o antigo santuário, em que Deus Se encontre com Seu povo. Esse lugar não deve ser usado como sala para lanches ou de negócios, mas simplesmente para o culto de Deus. Quando as crianças freqüentam a escola diurna no mesmo lugar em que se reúnem para prestar culto no sábado, não se pode fazer com que sintam a santidade do lugar, e que devem entrar com um senso de reverência. O sagrado e o comum estão tão ligados que é difícil distingui-los. Por essa razão é que o santuário dedicado a Deus não se deve tornar lugar comum. Sua santidade não se deve confundir ou misturar com os sentimentos comuns de cada dia, ou com a vida comercial. Deve haver solene e respeitoso temor sobre os adoradores, ao entrarem no santuário. E devem eles deixar para trás todos os pensamentos comuns e mundanos, pois é um lugar em que Deus manifesta Sua presença. É como se fosse a sala de audiência do grande e eterno Deus; portanto o orgulho e a paixão, a dissensão e presunção, o egoísmo e a cobiça, que Deus diz ser idolatria, são impróprios para tal lugar. -- Manuscrito 23, 1886. Não manifestar espírito leviano OC 358 1 Pais, é vosso dever ter vossos filhos em perfeita sujeição, sendo dominadas todas as suas paixões e mau gênio. E se as crianças são levadas às reuniões, deve-se-lhes fazer saber compreender onde estão: que não estão em casa, mas no lugar em que Deus Se reúne com Seu povo. Devem ser conservadas quietas e afastadas de toda a brincadeira, e Deus para vós voltará o Seu rosto, para Se encontrar convosco e vos abençoar. OC 358 2 Caso se observe ordem na assembléia dos santos, a verdade produzirá melhor efeito sobre todos os ouvintes. Será incentivada a tão necessária solenidade e haverá na verdade um poder para mover as profundezas da alma, não recaindo sobre os ouvintes um estupor letal. Tanto os crentes como os descrentes serão afetados. Parece evidente que em alguns lugares a arca de Deus foi removida da igreja, pois os santos mandamentos têm sido violados e se tem enfraquecido a força de Israel. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1854. Levar para fora a criança perturbadora OC 358 3 Vosso filho deve ser ensinado a obedecer, como os filhos de Deus Lhe obedecem. Caso se mantenha essa norma, uma palavra vossa terá algum peso, quando a criança fica inquieta na casa de Deus. Se a criança não pode ser refreada, se os pais acham que a restrição não passa de uma exigência excessiva, ela deve ser imediatamente retirada da igreja; não se deve permitir que desvie a mente dos ouvintes, falando ou correndo de uma parte para outra. Deus é desonrado pela maneira frouxa em que os pais dirigem os filhos enquanto estão na igreja. -- Carta 1, 1877. A irreverência incentivada pelo vestuário OC 358 4 Todos deveriam ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior que é impróprio para a casa de Deus. Cumpre evitar toda a ostentação em matéria de roupa, que somente serviria para estimular a irreverência. ... Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a esse respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente nesse assunto. -- Testemunhos Selectos 2:201, 202. Mostrar reverência para com os pastores OC 359 1 Deve-se mostrar respeito para com os representantes de Deus -- pastores, professores, pais, os quais são chamados para falarem e agirem em Seu lugar. No respeito que lhes é manifestado, Deus é honrado. -- Educação, 244. OC 359 2 Raras vezes [as crianças] são instruídas que os pastores são embaixadores de Deus, que a mensagem que pregam é um meio por Ele determinado para a salvação de almas e que, para todos os que têm o privilégio de a ouvir, constitui um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. -- Testemunhos Selectos 2:199. OC 359 3 Nada do que é sagrado, nada do que pertence ao culto de Deus, deve ser tratado com descuido ou indiferença. Ao ser apresentada a palavra da vida, deveis lembrar-vos de que estais ouvindo a voz de Deus, por intermédio de Seu servo escolhido. Não deveis pela desatenção perder essas palavras; se atendidas, poderão guardar-vos os pés de se extraviarem em maus caminhos. -- Mensagens aos Jovens, 266. A responsabilidade dos pais críticos OC 359 4 Pais, vede que exemplo e idéias dais a vossos filhos! Sua mente é plástica e as impressões ali se fazem com a maior facilidade. Se durante o culto divino o pregador comete algum erro, guardai-vos de vos referir a ele. Falai apenas das coisas boas que fez, das excelentes idéias que apresentou, e que deveis aceitar como vindas de um instrumento de Deus. Pode-se compreender facilmente por que as crianças são tão pouco impressionadas pelo ministério da palavra e por que manifestam tão pouca reverência pela casa de Deus. Sua educação a esse respeito tem sido defeituosa. -- Testemunhos Selectos 2:200. OC 359 5 O delicado e impressionável espírito da juventude avalia o trabalho dos servos de Deus pelo mesmo padrão pelo qual os pais o medem. Muitos chefes de família têm por costume criticar em casa o culto, aprovando umas poucas coisas e condenando outras. Desse modo, a mensagem de Deus aos homens é criticada, posta em dúvida e tratada levianamente. Que impressões são produzidas por essas observações imponderadas e irreverentes, só os livros do Céu o poderão revelar. Os filhos vêem e compreendem essas coisas muito mais facilmente do que imaginam os pais. Ao seu senso moral é assim dada uma orientação errada que o tempo nunca conseguirá retificar de todo. Os pais muitas vezes se queixam da dureza de coração dos filhos e da dificuldade que têm em convencê-los de seu dever de atender às exigências divinas. Os livros do Céu registram, entretanto, com toda a precisão a legítima causa. Os pais não estão convertidos. Não estão de acordo com o Céu e a obra de Deus. Suas idéias estreitas e mesquinhas acerca da santidade do ministério e do santuário de Deus foram entretecidas na educação dos filhos. OC 360 1 É de duvidar que alguém que viveu sob a atmosfera corrupta de tal educação consiga desenvolver a verdadeira reverência e respeito pelo ministério de Deus e pelos instrumentos por Ele destinados para a salvação de pecadores. Acerca dessas coisas dever-se-ia falar com respeito, em linguagem conveniente e com muito escrúpulo, a fim de mostrar às pessoas que nos ouvem que consideramos a mensagem dos servos do Senhor como a nós enviada pelo próprio Deus. -- Testemunhos Selectos 2:199, 200. Tornar a reverência um hábito OC 360 2 Há grande necessidade de reverência nos jovens deste século. Fico alarmada ao ver as crianças e jovens de pais religiosos tão descuidados quanto à ordem e à compostura que devem ser observadas na casa de Deus. Enquanto os servos de Deus estão apresentando ao povo as palavras da vida, alguns estão lendo, outros cochichando e rindo. Seus olhos estão pecando, ao desviarem a atenção dos que os cercam. Caso se permita que tal hábito não seja reprimido, ele crescerá e influenciará outros. OC 360 3 As crianças e jovens nunca devem achar que é algo de que se devam orgulhar ser indiferentes e descuidados nas reuniões em que Deus é adorado. Deus vê todo pensamento ou ato irreverente e este é registrado nos livros do Céu. Ele diz: "Eu sei as tuas obras." Apocalipse 3:8. Nada está escondido de Seus olhos perscrutadores. Caso tenhais formado, em qualquer grau, o hábito de desatenção e indiferença na casa de Deus, exercei as faculdades que tendes para corrigi-lo e demonstrar que tendes respeito próprio. Praticai a reverência até que ela se torne parte de vós mesmos. -- The Youth's Instructor, 8 de Outubro de 1896. ------------------------Capítulo 81 -- Coordenação entre o lar e a igreja Começar a obra da graça no lar OC 361 1 Pais, começai em vosso próprio lar a obra da graça na igreja, conduzindo-vos de tal maneira que vossos filhos vejam que estais cooperando com os anjos celestes. Certificai-vos de estardes convertidos cada dia. Educai a vós mesmos e aos vossos filhos para a vida eterna no reino de Deus. Os anjos serão vossos fortes ajudadores. Satanás vos tentará, mas não cedais. Não faleis uma palavra da qual o inimigo possa tirar vantagem. OC 361 2 A verdade é pura e imaculada. Permiti que habite no coração. Que a determinação de cada membro da família seja: "Serei cristão, pois, na escola terrestre, devo formar um caráter que me permita entrar no grau mais elevado no Céu. Devo fazer aos outros o que desejo que façam a mim, pois somente aqueles que revelam a Cristo neste mundo poderão entrar nas cortes celestiais." OC 361 3 Tornai a vida no lar tanto quanto possível semelhante ao Céu. Não se esqueçam os membros da família, ao se reunirem ao redor do altar familiar, de orar pelos homens que estão em posição de responsabilidade na obra de Deus. -- Manuscrito 93, 1901. OC 361 4 Os que governam corretamente a família trarão para a igreja uma influência de ordem e reverência. Representarão os atributos da misericórdia e da justiça como estando de mãos dadas. Revelarão aos filhos o caráter de Cristo. A lei da bondade e do amor que está em seus lábios não lhes tornará as ordens fracas e sem autoridade, e suas ordens não serão recebidas com desobediência. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1895. O lar-modelo faz uma igreja OC 361 5 Cada família é uma igreja sobre a qual presidem os pais. Deve ser a primeira consideração destes trabalhar para a salvação de seus filhos. Quando o pai e a mãe, como sacerdotes e professores da família, assumem sua inteira posição ao lado de Cristo, exercer-se-á no lar boa influência. E essa influência santificada será sentida na igreja e reconhecida por todo crente. Devido à grande falta de piedade e santificação no lar, a obra de Deus é grandemente impedida. Nenhum homem pode levar para a igreja uma influência que não exerce na vida doméstica e em suas relações comerciais. -- Manuscrito 57, 1903. No lar se aprende a devida conduta OC 362 1 O lar é uma escola onde todos podem aprender como devem agir na igreja. Quando todos forem membros da família real, haverá verdadeira delicadeza na vida doméstica. Cada membro da família procurará torná-la agradável a cada um dos demais. Os anjos de Deus, que ministram em favor dos que serão herdeiros da salvação, ajudar-vos-ão a tornar vossa família um modelo da família celestial. Haja paz no lar, e haverá paz na igreja. Essa preciosa experiência levada para a igreja será um meio de criar bondoso afeto de uns para com os outros. Cessarão as contendas. Ver-se-á verdadeira cortesia cristã entre os membros da igreja. O mundo conhecerá que eles têm estado com Jesus e que dEle têm aprendido. Que impressão exerceria a igreja sobre o mundo se todos os membros levassem vida cristã? -- Manuscrito 60, 1903. Por que há fraqueza na igreja? OC 362 2 Muitos parecem pensar que a decadência na igreja, o crescente amor aos prazeres, resultam da falta de trabalho pastoral. Verdadeiramente, a igreja deve ser provida de guias e pastores fiéis. Os pastores devem trabalhar fervorosamente pelos jovens que não se entregaram a Cristo, como também por outros que, ainda que seus nomes estejam no rol da igreja, são irreligiosos e destituídos de Cristo. Mas os pastores podem fazer seu trabalho com fidelidade, e bem feito, e ainda isso pouco adiantará se os pais negligenciarem sua obra. É devido à falta de cristianismo no lar que há falta de poder na igreja. A menos que os pais assumam seu trabalho como devem, será difícil levar a juventude a sentir o seu dever. Se a religião reinar no lar, será levada para a igreja. Os pais que fazem sua obra para Deus são um poder para o bem. Ao reprimirem e animarem os filhos, criando-os na doutrina e na admoestação do Senhor, são uma bênção para a vizinhança, onde moram. E a igreja é fortalecida pelo seu fiel trabalho. -- The Signs of the Times, 3 de Abril de 1901. Pais negligentes afetam a igreja OC 362 3 Caso se permita a desobediência na vida doméstica, o coração dos filhos se encherá de oposição ao governo de Deus. O poder do Espírito Santo se demonstrará deficiente para lhes abrandar e sujeitar o coração. Caso, em anos posteriores, e sob circunstâncias especiais, cedam ao evangelho de Cristo, terão de enfrentar terríveis batalhas para levar a vontade desleal à submissão à vontade de Deus. Freqüentemente a igreja tem de sofrer por seus membros, devido à educação errônea por eles recebida na infância. Em criança, era-lhes permitido praticar o engano para conseguirem andar em seus próprios caminhos; e o espírito a que se permitiu ser rebelde no lar será o último a prestar obediência aos reclamos da Palavra de Deus. -- The Review and Herald, 30 de Março de 1897. A espiritualidade morta pela crítica OC 363 1 Quando sois tentados a falar palavras ásperas, orai pedindo graça para resistir à tentação. Lembrai-vos de que vossos filhos falarão como vos ouvem falar. Por vosso exemplo, os estais educando. Lembrai-vos de que se disserdes palavras rudes a outros membros da igreja, usaríeis a mesma espécie de palavras no Céu, se vos fosse permitido ali entrar. ... OC 363 2 Depois da família, então vem a igreja. Tal deve ser a influência da família que seja um auxílio e uma bênção na igreja. Nunca pronuncieis uma palavra de queixa ou de crítica. Há igrejas em que a espiritualidade quase já foi morta, porque se permitiu entrar o espírito de maledicência. Por que pronunciamos palavras de acusação e censura? Ficar calado é a mais forte censura que podeis fazer a alguém que vos está dirigindo palavras ásperas e descorteses. Conservai-vos completamente calados. Muitas vezes o silêncio é eloqüência. -- Manuscrito 21, 1903. Cuidando de jovens infelizes OC 363 3 Moços e moças, que não estão sob as influências de um lar, necessitam de alguém que cuide deles e que por eles manifeste algum interesse; e os que fazem isso estão suprindo uma grande falta, e verdadeiramente tanto estão fazendo uma obra para Deus e a salvação de almas, como o pastor no púlpito. Essa obra de desinteressada beneficência em trabalhar para o bem da juventude não é mais do que o que Deus requer de cada um de nós. Com que fervor o cristão experiente deve trabalhar para evitar a formação dos hábitos que mancham indelevelmente o caráter! Tornem os seguidores de Cristo a Palavra de Deus atrativa para os jovens. -- Fundamentos da Educação Cristã, 51. Oportunidade especial OC 364 1 Repita-se às crianças em todas as ocasiões oportunas a história do amor de Jesus. Reserve-se em cada sermão um tempo para benefício delas. O servo de Cristo pode fazer desses pequeninos, amigos duradouros. Não perca ele, portanto, oportunidade de os ajudar a se tornarem mais inteligentes no conhecimento das Escrituras. Isso contribuirá mais do que avaliamos para impedir o caminho aos ardis de Satanás. Se as crianças se familiarizam cedo com as verdades da Palavra de Deus, erguer-se-á uma barreira contra a impiedade, e elas serão habilitadas a enfrentar o inimigo com as palavras: "Está escrito." -- Obreiros Evangélicos, 208. Tão fiéis no lar como no culto OC 364 2 Pais, como mestres de vossos queridos, a verdade deve exercer poder controlador sobre vossa consciência e entendimento, presidindo tanto as palavras como os atos. Sede tão fiéis na vida doméstica, como sois no culto a Deus. A tudo, dentro do lar, dai um caráter correto. Os anjos de Deus estão presentes, notando como são tratados os membros mais novos da família do Senhor. A religião do lar certamente será levada para a igreja. OC 364 3 -- Manuscrito 84, 1897. ------------------------Capítulo 82 -- A hora está avançada Satanás está comandando seus anjos OC 364 4 Satanás comanda seu exército, e estamos individualmente preparados para o temível conflito que está justamente diante de nós? Estamos preparando a nós mesmos e a nossa família para compreender a posição de nossos adversários e seus modos de ataque? Nossos filhos estão formando hábitos de decisão, para poderem ser firmes e inflexíveis em toda a questão de princípio ou dever? Oro para que todos nós possamos compreender os sinais dos tempos, e que de tal maneira preparemos a nós e aos nossos filhos, que, na hora do conflito, Deus possa ser o nosso refúgio e defesa. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. Enorme surpresa OC 365 1 A transgressão quase alcançou os seus limites. A confusão enche o mundo, e breve cairá grande terror sobre os seres humanos. O fim está mui perto. O povo de Deus deve se preparar para o que está prestes a sobrevir ao mundo como avassaladora surpresa. OC 365 2 Nosso tempo é precioso. Temos apenas poucos, muito poucos dias de prova nos quais nos preparar para a vida futura e imortal. -- The Youth's Instructor, 28 de Abril de 1908. Muitas famílias não estão preparadas OC 365 3 Sábado e domingo, nas visões da noite, pareceu-me estar dando meu testemunho diante do povo. Em ambas as ocasiões, pareceu-me estar em gigantesca tenda literalmente apinhada. O Senhor me deu decidida mensagem para o povo. Minha preocupação eram as famílias que não estavam preparadas para se encontrar com o Senhor. Um fardo especial pesava sobre mim: o de mostrar ao nosso povo a necessidade de buscar o Senhor com íntimo exame de coração e sinceridade de propósito. ... Os pais verdadeiramente convertidos revelarão em sua vida doméstica se estão orientando sua vida sob a disciplina da Palavra de Deus. ... Para o pai e a mãe, o ensino correto dos filhos é a obra mais importante em sua vida. -- Carta 64, 1911. Perguntas solenes OC 365 4 Pais e mães, como vai vosso registro? Tendes sido fiéis ao vosso depósito? Ao verdes vossos filhos inclinados a seguir um rumo que sabíeis resultaria em pensamentos, palavras e atos impuros, tendes vós, depois de pedir o auxílio de Deus, procurado mostrar-lhes o perigo em que estão? Tendes-lhes mostrado o perigo de seguir um caminho de sua própria escolha? Mães, tendes negligenciado a obra que Deus vos confiou -- a maior obra jamais confiada aos mortais? Tendes recusado levar as responsabilidades que Deus vos deu? No tempo de angústia que está justamente diante de nós, em que os juízos de Deus cairão sobre o impuro e o não santificado, amaldiçoar-vos-ão vossos filhos por causa de vossa transigência? -- The Review and Herald, 23 de Dezembro de 1902. Os pais novos na mensagem necessitam instrução OC 366 1 Os que levam a última mensagem de misericórdia ao mundo devem sentir ser seu dever instruir aos pais quanto à religião doméstica. O grande movimento reformatório deve começar com a apresentação, a pais, mães e filhos, dos princípios da lei de Deus. Ao serem apresentadas as reivindicações da lei, e homens e mulheres se convencerem de seu dever de prestar obediência, mostrai-lhes a responsabilidade de sua decisão, não somente quanto a si mesmos, mas no que respeita a seus filhos. Mostrai que a obediência à Palavra de Deus é nossa única salvaguarda contra os males que estão assolando o mundo para destruição. -- Testemunhos Selectos 2:406. Os jovens necessitam de auxílio e ânimo OC 366 2 É agora o nosso tempo favorável para trabalhar em benefício da mocidade. Dizei-lhes que nos achamos atualmente numa época de crise perigosa, e precisamos perceber o que seja a verdadeira piedade. Nossa juventude precisa ser ajudada, erguida e animada, mas na devida maneira; não, talvez, como eles desejariam, mas de modo que os auxilie a obter um espírito santificado. Precisam mais da boa e santificadora religião que de qualquer outra coisa. -- Fundamentos da Educação Cristã, 547. Não adiar OC 366 3 Os eventos vindouros estão lançando suas sombras sobre nosso caminho. Pais, mães, apelo a vós para que envideis agora os mais ardorosos esforços em favor de vossos filhos. Dai-lhes instrução religiosa diária. Ensinai-lhes a amar a Deus e a ser fiéis aos princípios do direito. Com fé elevada e fervorosa, dirigida pela influência divina do Espírito Santo, trabalhai, trabalhai agora. Não o adieis um dia, uma hora sequer. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. Trabalho completo OC 366 4 Pais, humilhai o coração perante Deus. Começai uma obra completa com vossos filhos. Rogai ao Senhor que vos perdoe o desrespeito à Sua Palavra, o negligenciardes educar vossos filhos no caminho em que deviam andar. Pedi luz e orientação, uma consciência susceptível, e claro discernimento, para que possais ver vossos erros e falhas. Deus ouvirá tais orações de um coração humilde e contrito. -- Manuscrito 22, 1904. Pode haver necessidade de confissão OC 367 1 Se tendes deixado de cumprir vosso dever para com a família, confessai diante de Deus vossos pecados. Reuni os filhos ao vosso redor e reconhecei vossa negligência. Dizei-lhes que desejais efetuar uma reforma no lar, e pedi que vos ajudem a tornar o lar o que deve ser. Lede-lhes as orientações encontradas na Palavra de Deus. Orai com eles; e pedi a Deus que lhes poupe a vida, e os ajude a se prepararem para um lar em Seu reino. Desse modo, podereis começar uma obra de reforma; e então continuai a seguir o caminho do Senhor. -- Manuscrito 22, 1904. Dar exemplo de obediência aos filhos OC 367 2 A obra especial dos pais é tornar claras aos filhos as leis de Deus, e exigir que lhes obedeçam, para que possam ver a importância de obedecerem a Deus, todos os dias de sua vida. Essa foi a obra de Moisés. Ele devia impor aos pais o dever de dar aos filhos o exemplo de estrita obediência. E essa é a obra que, acima de qualquer outra coisa, deve ser realizada na vida doméstica hoje. Deve acompanhar a mensagem do terceiro anjo. A ignorância não é desculpa para os pais negligenciarem ensinar aos filhos o que significa transgredir a lei de Deus. A luz é abundante, e ninguém necessita andar nas trevas. Ninguém precisa estar na ignorância. Deus verdadeiramente tanto é nosso instrutor hoje como era o mestre dos filhos de Israel, e todos estão na mais solene obrigação de obedecer às Suas leis. -- Carta 90, 1898. Orar e trabalhar pela sua salvação OC 367 3 Ensinai aos vossos filhos que o coração deve ser educado para exercer domínio próprio e abnegação. Os motivos da vida devem estar em harmonia com a lei de Deus. Nunca vos contenteis com ver vossos filhos crescerem separados de Cristo. Nunca estejais à vontade enquanto eles estão frios e indiferentes. Clamai a Deus dia e noite. Orai e trabalhai pela salvação de vossos filhos. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. É a mola real, o fiel do caráter. Sem o temor do Senhor, deixarão de cumprir o grande objetivo de sua criação. -- The Review and Herald, 23 de Abril de 1889. Edificadores do caráter OC 367 4 Os pais adventistas do sétimo dia devem compreender de maneira mais ampla a sua responsabilidade como construtores de caráter. OC 368 1 Deus põe diante deles o privilégio de fortalecer a Sua causa mediante a consagração e trabalhos de Seus filhos. Deseja ver ajuntado dentre os lares de nosso povo um grande grupo de jovens que, devido às influências piedosas de seus lares, entregaram o coração a Ele, e saem a prestar-Lhe o mais elevado serviço de sua vida. Dirigidos e ensinados pela piedosa instrução do lar, pela influência do culto da manhã e da noite, e pelo exemplo coerente de pais que amam e temem a Deus, aprenderam a submeter-se a Deus como seu ensinador, e estão preparados para prestar-Lhe serviço aceitável como filhos e filhas fiéis. Tais jovens estão preparados para exporem ao mundo o poder e a graça de Cristo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 131. ------------------------Capítulo 83 -- A recompensa Cena do dia do juízo OC 368 2 Tive certa vez um sonho no qual vi uma grande multidão reunida; e repentinamente o céu se tornou negro; o trovão retumbou, fuzilaram os relâmpagos e uma voz, mais alta que o mais forte reboar do trovão, ecoou pelos céus e a Terra, dizendo: "Está feito." Parte da multidão, com rosto pálido, adiantou-se com um grito de agonia, clamando: "Oh, não estou preparado"! Fez-se a pergunta: "Por que não estais preparados? Por que não aproveitastes as oportunidades que graciosamente vos dei?" Despertei com o grito soando em meus ouvidos: "Não estou preparado; não estou salvo -- perdido! perdido! eternamente perdido!" OC 368 3 Em vista das solenes responsabilidades que sobre nós repousam, contemplemos o futuro, para que possamos compreender o que devemos fazer para enfrentá-lo. Naquele dia defrontar-nos-emos com a negligência e desprezo em relação a Deus e Sua misericórdia, com a rejeição de Sua verdade e de Seu amor? Na solene assembléia do último dia, na audiência do Universo, ler-se-á a razão da condenação do pecador. Pela primeira vez os pais saberão qual terá sido a vida secreta dos filhos. Os filhos verão os filhos quantos erros cometeram contra os pais. Haverá uma revelação geral dos segredos e motivos do coração, pois o que estava oculto se tornará manifesto. Os que caçoaram das coisas solenes ligadas com o juízo, moderar-se-ão ao enfrentarem sua terrível realidade. OC 369 1 Os que têm desprezado a Palavra de Deus defrontar-se-ão com o autor dos inspirados oráculos. Não nos podemos permitir viver sem nos referirmos ao dia do juízo; pois ainda que muito retardado, está agora próximo, mesmo às portas, e se apressa muito. Breve a trombeta do arcanjo fará estremecer os vivos e despertará os mortos. Naquele dia será o ímpio separado do justo, como o pastor aparta os bodes das ovelhas. -- The Youth's Instructor, 21 de Julho de 1892. Quando Deus pergunta: "onde estão os filhos?" OC 369 2 Os pais que negligenciaram as responsabilidades que Deus lhes deu deverão enfrentar essa negligência no juízo. Então o Senhor perguntará: "Onde estão os filhos que Eu vos dei para educar para Mim? Por que não estão à Minha mão direita?" OC 369 3 Então muitos pais verão que o amor insensato lhes cegou os olhos quanto às faltas dos filhos e fez com que estes desenvolvessem caráter deformado, impróprio para os Céus. Outros verão que não dedicaram aos filhos tempo e atenção, amor e ternura; sua própria negligência do dever fez dos filhos o que agora são. -- Testimonies for the Church 4:424. OC 369 4 Pais, se perderdes vossa oportunidade, Deus tenha pena de vós; pois, no dia do juízo, Ele dirá: "Que fizestes do Meu rebanho, o Meu belo rebanho?" ... OC 369 5 Suponde que entrásseis no Céu e nenhum de vossos filhos ali estivesse. Como poderíeis dizer a Deus: "Eis-me aqui, com os filhos que Tu me deste"? Isaías 8:18. Os Céus anotam a negligência dos pais. Ela está registrada nos livros dos Céus. -- Manuscrito 62, 1901. As famílias serão julgadas OC 369 6 Quando pais e filhos se encontrarem no ajuste de contas final, que cena se apresentará! Milhares de filhos que têm sido escravos do apetite e de vícios humilhantes, cuja vida é um naufrágio moral, estarão face a face diante dos pais que deles fizeram o que são. Quem, além dos pais, deve assumir tão terrível responsabilidade? Fez o Senhor esses jovens corruptos? Oh, não! Fê-los à Sua imagem, um pouco menor que os anjos. Quem, então, fez a temível obra de formar o caráter da vida? Quem lhes transformou o caráter, de modo que não tivessem o selo de Deus e devessem para sempre estar separados de Sua presença, por serem impuros demais para terem qualquer parte com os anjos puros num Céu santo? Foram os pecados dos pais transmitidos para os filhos em apetites e paixões pervertidos? E foi pela mãe amante de prazeres completada a obra, negligenciando ensiná-los devidamente de acordo com o padrão que lhe foi dado? Todas essas mães passarão em revista diante de Deus tão certo com o existem. -- Testimonies for the Church 3:568, 569. Um registro visual OC 370 1 Lembrem-se os pais e os filhos de que cada um deles está formando dia a dia o seu caráter, e que os aspectos desse caráter são impressos nos livros do Céu. Deus está retratando Seu povo, com tanta certeza como o artista pinta homens e mulheres, transferindo os traços do rosto para sua tela. Que espécie de quadro quereis produzir? Pais, respondei a esta pergunta! Que espécie de quadro vos pintará o grande Artista Mestre nos registros do Céu? Devemos decidi-Lo agora. Logo mais, quando a morte vier, não haverá tempo para endireitar os pontos falhos do caráter. OC 370 2 Para nós, individualmente, esta deve ser uma questão muito importante. Todo dia é feita uma semelhança nossa para o tempo e para a eternidade. Que cada um diga: "Minha semelhança está sendo feita hoje." Perguntai-vos diariamente, a cada hora: "Como soarão minhas palavras aos anjos de Deus? São como maçãs de ouro em salvas de prata, ou como uma rajada de saraiva, machucando e ferindo?" ... Não somente nossas palavras e ações, mas também os nossos pensamentos formam o quadro do que somos. Seja boa, então, cada alma, e faça o bem. Tal seja o quadro que de vós for feito, que não tenhais de que vos envergonhar. Cada sentimento que acariciamos deixará sua impressão no semblante. Deus nos ajude a fazer nosso registro em nossa família o que gostaríamos que fosse no registro celestial. -- Carta 78, 1901. Pais descuidados? OC 370 3 Oxalá velassem os pais, com oração e cuidado pela felicidade eterna de seus filhos! Perguntem eles: Fomos negligentes? Descuidamos esta obra solene? Permitimos que nossos filhos chegassem a ser joguetes das tentações de Satanás? Não temos que prestar conta solene a Deus por havermos permitido que nossos filhos empreguem seus talentos, tempo e influência para proceder contra a verdade, contra Cristo? Não descuidamos nosso dever de pais, aumentando o número dos súditos do reino de Satanás? -- Testemunhos Selectos 3:63. OC 370 4 Se as mães negligenciarem educar devidamente os filhos, sua negligência novamente refletirá sobre elas, tornando-lhes mais pesados os fardos e perplexidades do que teriam sido se tivessem dedicado tempo e paciente cuidado à educação dos filhos para a obediência e a submissão. Recompensará, afinal, às mães tornarem a formação de caráter dos filhos a sua primeira e mais alta consideração, a fim de que os espinhos não se enraízem e produzam abundante safra. -- The Signs of the Times, 5 de Agosto de 1875. Filhos condenarão pais infiéis OC 371 1 A maldição de Deus pesará sobre os pais infiéis. Eles não somente estão plantando espinhos que os hão de ferir aqui, mas encontrarão a própria infidelidade quando se assentar o juízo. Muitos filhos se erguerão no juízo e condenarão os pais por não os haverem reprimido, e os acusarão de serem destruídos. A falsa compaixão e o amor cego dos pais fazem com que eles desculpem as faltas dos filhos, deixando-as sem correção, e os filhos se perdem em conseqüência disso, e o sangue de sua alma recairá sobre os pais infiéis. -- Testemunhos Selectos 1:77, 78. Os filhos honrarão pais fiéis OC 371 2 Quando se assentar o juízo, e os livros forem abertos, quando o "bem está" (Mateus 25:21) do grande Juiz for pronunciado, e a coroa de glória imortal, colocada na fronte do vencedor, muitos erguerão essas coroas à vista do Universo reunido e, indicando sua mãe, dirão: "Ela me fez tudo quanto sou mediante a graça de Deus. Seus ensinos, suas orações, foram abençoados quanto à minha salvação eterna." Mensagens aos Jovens, 330. Resultados do preparo fiel OC 371 3 Ali, todos os que trabalham com um espírito desinteressado contemplarão os frutos dos seus labores. Ver-se-á o resultado de todo princípio correto e nobre ação. Alguma coisa disso vemos aqui. Mas quão pouco dos resultados dos mais nobres trabalhos deste mundo é o que se manifesta nesta vida aos que os fazem! Quantos labutam abnegadamente, incansavelmente, por aqueles que ficam além de seu alcance e conhecimento! Pais e professores tombam em seu último sono, parecendo o trabalho de sua vida ter sido feito em vão; não sabem que sua fidelidade descerrou fontes de bênçãos que jamais poderão deixar de fluir; apenas pela fé vêem as crianças que educaram tornarem-se uma bênção e inspiração a seus semelhantes, e essa influência repetir-se mil vezes mais. ... Os homens lançam a semente, da qual, sobre as suas sepulturas, outros recolhem a abençoada colheita. Plantam árvores para que outros comam o fruto. Aqui estão contentes por saberem que puseram em atividade forças para promover o bem. No além serão vistas a ação e reação de todas estas forças. -- Educação, 305, 306. Para a terra prometida OC 372 1 Deus tem permitido que a luz de Seu trono brilhe por todo o caminho da vida. Uma coluna de nuvem de dia, uma coluna de fogo à noite, move-se diante de nós, como se movia diante do antigo Israel. É privilégio dos pais cristãos hoje, como era privilégio dos filhos de Deus na antiguidade, levar consigo os filhos para a Terra Prometida. -- The Signs of the Times, 24 de Novembro de 1881. OC 372 2 Desejais que vossa família pertença a Deus. Desejais conduzi-la aos portais da cidade e dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Podem ser homens e mulheres que tenham alcançado a varonilidade ou feminilidade, mas são vossos filhos da mesma forma; e vossa educação e vigilância sobre eles têm sido abençoadas por Deus, até estarem como vencedores. Agora podeis dizer: "Eis-me aqui, com os filhos." -- Manuscrito 49, 1894. Elos familiares refeitos OC 372 3 Jesus vem, vem com as nuvens e em grande glória. Uma multidão de anjos resplandecentes O acompanhará. Virá para honrar aos que O amaram e guardaram os Seus mandamentos e para levá-los para Si mesmo. Não Se esqueceu deles ou de Sua promessa. Haverá uma nova ligação da corrente familiar. -- The Review and Herald, 22 de Novembro de 1906. Conforto para uma mãe desolada OC 372 4 Perguntais quanto à salvação de vossos pequeninos. As palavras de Cristo são a resposta para vós: "Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a Mim, porque dos tais é o reino dos Céus." Mateus 19:14. Lembrai-vos da profecia: "Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles. ... Assim diz o Senhor: Reprime a voz de choro, e as lágrimas de teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor; pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperanças, no derradeiro fim, para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para o seu país." Jeremias 31:15-17. OC 372 5 Essa promessa é vossa. Podeis ser confortados e confiar no Senhor. Freqüentemente o Senhor me tem revelado que muitos pequeninos hão de ser levados ao descanso antes do tempo de angústia. Veremos nossos filhos outra vez. Encontrar-nos-emos com eles e os reconheceremos nas cortes celestes. Ponde no Senhor a vossa confiança, e não temais. -- Carta 196, 1899. Crianças devolvidas aos braços das mães OC 373 1 Oh! maravilhosa redenção! Há tanto tempo objeto das cogitações, há tanto tempo esperada, contemplada com ávida expectativa, mas nunca entendida completamente! OC 373 2 Os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos". 1 Coríntios 15:52. À voz de Deus eles foram glorificados; agora, tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos "ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus". Mateus 24:31. Crianças são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 645. O dia esperado OC 373 3 Desde o dia em que o primeiro par volveu os entristecidos passos para fora do Éden, os filhos da fé têm esperado a vinda do Prometido, para quebrar o poder do destruidor e de novo levá-los ao Paraíso perdido. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 299. OC 373 4 O Céu terá sido barato se o obtivermos através do sofrimento. ... Ao ver o que precisamos ser para herdar a glória, e quanto Jesus havia sofrido para alcançar para nós tão rica herança, orei para que fôssemos batizados nos sofrimentos de Cristo, a fim de não recuarmos nas provas, mas sofrê-las com paciência e alegria, sabendo o que Jesus havia sofrido, para que por Sua pobreza e sofrimento fôssemos enriquecidos. -- Primeiros Escritos, 67. O céu vale todas as coisas! OC 373 5 O Céu vale tudo para nós. Não devemos correr nenhum risco nesse sentido. Nada devemos aventurar aqui. Devemos saber que nossos passos são ordenados pelo Senhor. OC 373 6 Que Deus nos ajude na grande obra de vencer. Ele tem coroas para os vencedores. Tem vestes brancas para os justos. Ele tem um mundo eterno de glória para os que buscam a glória, honra e a imortalidade. Todos os que entrarem na cidade de Deus farão isso como vencedores. Não entrarão nela como um condenado criminoso, mas como um filho de Deus. E a saudação feita a cada um dos que ali entrarem será: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 149. Participantes da alegria de Cristo OC 374 1 A cada lado do portão vemos uma comitiva de anjos e, ao por ele passarmos, Jesus diz: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. Aqui Ele nos diz que somos participantes de Sua alegria. E qual é? É a satisfação de ver o trabalho de vossa alma, pais! É a alegria de ver que os vossos esforços, mães, foram recompensados! Aí estão os vossos filhos; a coroa da vida está sobre suas cabeças, e os anjos de Deus imortalizam o nome das mães cujos esforços ganharam os filhos para Jesus Cristo. -- Manuscrito 12, 1895. O glorioso dia da vitória OC 374 2 Agora a igreja é militante. Agora temos de enfrentar um mundo de trevas, quase inteiramente dado à idolatria. ... Mas está chegando o dia em que será travada a batalha e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é nos Céus. ... Constituirão todos uma família feliz e unida, revestida com as vestes de louvor e ações de graças -- as vestes da justiça de Cristo. Toda a natureza, em sua arrebatadora formosura, oferecerá a Deus um tributo de louvor e adoração. O mundo será banhado com a luz do Céu. A luz da Lua será como a luz do Sol, e a luz do Sol será sete vezes maior do que é hoje. Os anos decorrerão na alegria. Sobre esta cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: "Não haverá mais pecado nem morte." Apocalipse 21:4. OC 374 3 Estas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, devem ser desejadas pelos Seus filhos. ... OC 374 4 Necessitamos conservar constantemente diante de nós este quadro das coisas invisíveis. É assim que nos tornaremos aptos para atribuir um justo valor às coisas da eternidade e às do tempo. É assim que empregaremos nossas faculdades influenciando os outros para uma vida mais santa. -- A Ciência do Bom Viver, 504-508. Deus dirá: "bem está"? OC 374 5 Quando estiverdes diante do grande trono branco, então vosso trabalho parecerá como é. Abrem-se os livros, é dado a conhecer o registro de cada vida. Muitos, no vasto grupo, não estão preparados para as revelações feitas. Sobre os ouvidos de alguns cairão com assustadora clareza as palavras: "Pesado foste na balança e foste achado em falta." Daniel 5:27. OC 375 1 A muitos pais o Juiz dirá naquele dia: "Tivestes Minha Palavra que estabelecia claramente vosso dever. Por que não lhe obedecestes os ensinos? Não sabíeis que ela era a voz de Deus? Não vos ordenei examinar as Escrituras para que não vos extraviásseis? Não somente arruinastes vossa própria alma, mas pela vossa pretensão de piedade tendes desviado muitos outros. Não tendes parte comigo. Apartai-vos; apartai-vos." OC 375 2 Outra classe jaz pálida e tremente, confiando em Cristo, e ainda oprimida pelo senso de sua própria indignidade. Ouvem com lágrimas de alegria e gratidão o elogio do Mestre. Esquecem-se os dias de contínuo trabalho, de fardos carregados e de temor e angústia, quando aquela voz mais doce que a música das harpas dos anjos pronuncia as palavras: "Bem está, servo bom e fiel. ... Entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Ali está a multidão dos remidos, tendo nas mãos a palma de vitória, e na cabeça uma coroa. Estes são aqueles que pelo trabalho fiel e sincero se habilitaram para o Céu. O trabalho realizado na Terra foi reconhecido nas cortes celestiais como trabalho bem feito. OC 375 3 Com alegria indescritível, os pais vêem a coroa, as vestes, a harpa, dadas aos filhos. Os dias de esperança e de temor findaram. A semente semeada com lágrimas e orações pode parecer ter sido semeada em vão, mas sua ceifa é realizada com alegria, afinal. Seus filhos foram remidos. Pais, mães, as vozes de vossos filhos avolumarão o canto de alegria naquele dia? -- The Signs of the Times, 1 de Julho de 1886. ------------------------Obreiros Evangélicos OE 7 1 Prefácio OE 13 1 Capítulo 1 -- Da Parte de Cristo OE 20 1 Capítulo 2 -- A Santidade da Obra OE 24 1 Capítulo 3 -- O Campo é o Mundo OE 30 1 Capítulo 4 -- A Responsabilidade do Ministro OE 36 1 Capítulo 5 -- A Perspectiva OE 41 1 Capítulo 6 -- Cristo, Nosso Exemplo OE 48 1 Capítulo 7 -- Cristo Como Mestre OE 51 1 Capítulo 8 -- Uma Lição para Nosso Tempo OE 58 1 Capítulo 9 -- Paulo, o Apóstolo dos Gentios OE 63 1 Capítulo 10 -- Jovens no Ministério OE 67 1 Capítulo 11 -- A Juventude Portadora de Responsabilidades OE 73 1 Capítulo 12 -- Educação para a Obra Missionária OE 81 1 Capítulo 13 -- Jovens Como Missionários OE 86 1 Capítulo 14 -- Os Obreiros e a Educação da Voz OE 92 1 Capítulo 15 -- Estudas para te Mostrares Aprovados OE 96 1 Capítulo 16 -- A Colportagem Como Educação Para o Ministério OE 98 1 Capítulo 17 -- O Estudo da Bíblia É Necessário à Eficiência OE 101 1 Capítulo 18 -- Ministros Jovens Trabalhando com ministros mais Idosos OE 104 1 Capítulo 19 -- O Ministro Jovem OE 111 1 Capítulo 20 -- Consagração OE 117 1 Capítulo 21 -- Tato OE 121 1 Capítulo 22 -- A Graça da Cortesia OE 124 1 Capítulo 23 -- A Conduta Conveniente OE 129 1 Capítulo 24 -- As Relações Sociais OE 133 1 Capítulo 25 -- Decisão e Prontidão OE 136 1 Capítulo 26 -- Recolhendo os Frutos OE 140 1 Capítulo 27 -- Requisitos Essenciais ao Serviço OE 147 1 Capítulo 28 -- Pregues a Palavra OE 153 1 Capítulo 29 -- Partindo o Pão da Vida Para as Almas OE 156 1 Capítulo 30 -- Pregar a Cristo OE 161 1 Capítulo 31 -- A Justiça Pela Fé OE 163 1 Capítulo 32 -- Conselhos a Um Evangelista OE 165 1 Capítulo 33 -- Sugestões Práticas OE 172 1 Capítulo 34 -- O Cuidado com as Maneiras e o Vestuário OE 175 1 Capítulo 35 -- A Oração Pública OE 181 1 Capítulo 36 -- O Bom Pastor OE 185 1 Capítulo 37 -- O Ministério Pessoal OE 190 1 Capítulo 38 -- A Obra do Pastor OE 192 1 Capítulo 39 -- Estudos Blíblicos à Famílias OE 194 1 Capítulo 40 -- O Valor do Esforço Individual OE 196 1 Capítulo 41 -- Divisão de Trabalho OE 200 1 Capítulo 42 -- A Igreja É Um Sagrado Depósito OE 201 1 Capítulo 43 -- A Esposa do Ministro OE 204 1 Capítulo 44 -- O Ministro no Lar OE 207 1 Capítulo 45 -- Apascenta os Meus Cordeiros OE 213 1 Capítulo 46 -- Oração Pelos Doentes OE 222 1 Capítulo 47 -- Ensinar o Povo a Ser Liberal OE 224 1 Capítulo 48 -- O Sustento do Evangelho OE 229 1 Capítulo 49 -- A Influencia do Regime Sobre a Saúde OE 231 1 Capítulo 50 -- Os Ministros Devem ensinar a Reforma de Saúde OE 233 1 Capítulo 51 -- A Maneira de Apresentar os Princípios da Reforma de Saúde OE 234 1 Capítulo 52 -- O Ministro e o Trabalho Manual OE 239 1 Capítulo 53 -- Nosso Dever de Conservar a Saúde OE 243 1 Capítulo 54 -- O Perigo do Ecesso de Trabalho OE 249 1 Capítulo 55 -- O Estudo da Bíblia OE 254 1 Capítulo 56 -- A Oração Particular OE 259 1 Capítulo 57 -- A Fé OE 264 1 Capítulo 58 -- Ânimo OE 269 1 Capítulo 59 -- Como Deus Educa Seus Obreiros OE 271 1 Capítulo 60 -- Consagrai Tempo a Conversar com Deus OE 273 1 Capítulo 61 -- Nossa Maior Necessidade OE 275 1 Capítulo 62 -- O Exame de si Mesmo OE 277 1 Capítulo 63 -- O Aperfeiçõamento Pessoal OE 284 1 Capítulo 64 -- O Espírito Santo OE 290 1 Capítulo 65 -- Desenvolvimento e Serviço OE 297 1 Capítulo 66 -- O Perigo de Rejeitar a Luz OE 305 1 Capítulo 67 -- Uma Advertência Contra Falsos Ensinos OE 311 1 Capítulo 68 -- A Sã Doutrina OE 316 1 Capítulo 69 -- Fanatismo OE 318 1 Capítulo 70 -- A Confiança em Si Mesmo OE 324 1 Capítulo 71 -- Palavras de Advertencia OE 330 1 Capítulo 72 -- Deus Não Faz Acepção de Pessoas OE 337 1 Capítulo 73 -- Retraimento OE 339 1 Capítulo 74 -- Os Ministros e os negócios Comenciais OE 345 1 Capítulo 75 -- O trabalho nas cidades OE 354 1 Capítulo 76 -- Conselhos Concernentes à Obra na Cidade OE 360 1 Capítulo 77 -- A Obra Médico-Missionária nas Cidasdes OE 364 1 Capítulo 78 -- A Escola Missionária da Cidade OE 367 1 Capítulo 79 -- Exatidão OE 372 1 Capítulo 80 -- Fazer Face a Oposição OE 377 1 Capítulo 81 -- Não se Deve Buscar Discussões OE 381 1 Capítulo 82 -- Métodos Deficientes OE 384 1 Capítulo 83 -- A Obra da Temperança OE 389 1 Capítulo 84 -- A Liberdade Religiosa OE 391 1 Capítulo 85 -- Nossa Atitude Quanto à Política OE 397 1 Capítulo 86 -- A Obra em Favor dos Judeus OE 400 1 Capítulo 87 -- A Impotancia das Reuniões Campais OE 407 1 Capítulo 88 -- Menos Pregar, Mais Ensinar OE 409 1 Capítulo 89 -- Sementeira e Colheita OE 413 1 Capítulo 90 -- Presidentes de Associação OE 422 1 Capítulo 91 -- Os Ministros e os Negócios OE 426 1 Capítulo 92 -- O Cuidado Pelos Obreiros OE 431 1 Capítulo 93 -- Casas de Culto OE 437 1 Capítulo 94 -- Exame Para o Ministério OE 441 1 Capítulo 95 -- Ordenação OE 446 1 Capítulo 96 -- Reuniões de Negócios OE 449 1 Capítulo 97 -- A Justa Remuneração Para os Ministros OE 454 1 Capítulo 98 -- Uma Sábia Distribuição de Meios OE 458 1 Capítulo 99 -- Economia em Trabalho Missionário OE 464 1 Capítulo 100 -- As Regiões Distantes OE 473 1 Capítulo 101 -- Em Contato Com os Outros OE 481 1 Capítulo 102 -- Dons Diversos OE 483 1 Capítulo 103 -- Unidade na Diversidade OE 486 1 Capítulo 104 -- O Espírito de Independência OE 491 1 Capítulo 105 -- Considerações para os que estão Lutando com Dificuldades OE 496 1 Capítulo 106 -- Consideremo-nos Uns aos Outros OE 498 1 Capítulo 107 -- Disciplina na Igreja OE 505 1 Capítulo 108 -- Poder Para o Serviço OE 512 1 Capítulo 109 -- A Recompensa do Serviço ------------------------Prefácio OE 7 1 A primeira edição de Gospel Workers publicou-se em inglês em 1892. Tornou-se um muito apreciado manual de conselho e instruções aos ministros e a todos os demais obreiros missionários ligados a este movimento. OE 7 2 Após a publicação da primeira edição, a sempre ativa pena da autora produziu escritos de vital interesse ao nosso povo. O trabalho deste livro foi completado depois de haver a autora terminado sua ativa obra vitalícia como escritora e oradora. Representa, portanto, uma compilação de todos os seus escritos. E o fruto sazonado da vida de uma pessoa a quem Deus abençoou grandemente como Sua "mensageira", para glória de Seu nome e edificação deste movimento, desde o princípio. Será, pois, também entre nós, do Brasil, muito apreciado o valor desta obra. OE 7 3 E nossa oração fervorosa que o Espírito Santo, que inspirou estas mensagens de conselho, possa estar presente para gravar estas instruções no coração de todos os seus leitores. Editores. ------------------------Capítulo 1 -- Da parte de Cristo OE 13 1 Em todos os períodos da história terrestre, Deus tem tido Seus homens da oportunidade, aos quais disse: "Vós sois as Minhas testemunhas." Tem havido em todos os séculos, homens devotos, que reuniram os raios de luz à medida que estes luziam em sua vereda, e que falavam ao povo as palavras de Deus. Enoque, Noé, Moisés, Daniel, e a longa lista de patriarcas e profetas -- foram ministros da justiça. Não eram infalíveis; eram homens fracos, sujeitos a errar; mas Deus operou por seu intermédio ao entregarem-se eles para o Seu serviço. OE 13 2 Desde Sua ascensão, Cristo, a grande Cabeça da igreja, tem levado avante Sua obra no mundo mediante embaixadores escolhidos, por meio dos quais fala aos filhos dos homens, e ministra-lhes às necessidades. A posição dos que foram chamados por Deus para trabalhar por palavra e doutrina em favor do levantamento de Sua igreja, é de extrema responsabilidade. Cumpre-lhes rogar, a homens e mulheres, da parte de Cristo, que se reconciliem com Deus; e eles só podem cumprir sua missão ao receberem sabedoria e poder de cima. OE 13 3 Os ministros de Deus são simbolizados pelas sete estrelas que Aquele que é o primeiro e o derradeiro tem sob Seu especial cuidado e proteção. As suaves influências que devem abundar na igreja, acham-se ligadas a esses ministros de Deus, aos quais cabe representar o amor de Cristo. As estrelas do céu acham-se sob a direção de Deus. Ele as enche de luz. Guia e dirige-lhes os movimentos. Se o não fizesse, essas estrelas viriam a ser estrelas caídas. O mesmo quanto a Seus ministros. Eles não são senão instrumentos em Suas mãos, e todo o bem que realizam é feito mediante o Seu poder. OE 14 1 É para a honra de Cristo que Ele torna Seus ministros, mediante a operação de Seu Espírito, uma bênção maior para a igreja, do que o são as estrelas para o mundo. O Salvador tem de ser a eficiência deles. Se olham para Ele como Ele o fazia para Seu Pai, hão de fazer Suas obras. Ao dependerem de Deus, Ele lhes dará Sua luz para que a reflitam para o mundo. Atalaias espirituais OE 14 2 Os ministros de Cristo são os guardas espirituais do povo confiado ao seu cuidado. Sua obra tem sido comparada a dos atalaias. Nos tempos antigos colocavam-se muitas vezes sentinelas nos muros das cidades, onde, de posições vantajosas, podiam observar importantes pontos a ser guardados, e dar aviso da aproximação do inimigo. De sua fidelidade dependia a segurança de todos os que se achavam dentro dessas cidades. A determinados intervalos cumpria-lhes chamarem-se uns aos outros, a fim de se certificarem de que todos estavam despertos, e de que nenhum mal sucedera a qualquer deles. O grito de animação ou de advertência era passado de um para outro, todos repetindo o chamado até que este houvesse rodeado a cidade. OE 14 3 O Senhor declara a todos os ministros: "A ti pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu pois ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho,... tu livraste a tua alma." Ezequiel 33:7-9. OE 15 1 Estas palavras do profeta declaram a solene responsabilidade que repousa sobre os que são designados como guardas da igreja, despenseiros dos mistérios de Deus. Eles devem ocupar a posição de atalaias nos muros de Sião, para fazer soar o alarme à aproximação do inimigo. Se, por qualquer razão, seus sentidos espirituais ficam tão entorpecidos que são incapazes de discernir o perigo, e devido à sua falta em não dar a advertência o povo perece, Deus requererá de suas mãos o sangue dos que se perdem. OE 15 2 Têm os atalaias sobre os muros de Sião o privilégio de viver tão perto de Deus, e ser tão susceptíveis às impressões de Seu Espírito, que Ele possa operar por meio deles, para avisar os pecadores do perigo que correm, indicando-lhes o lugar de segurança. Escolhidos por Deus, selados com o sangue da consagração, eles devem salvar homens e mulheres da destruição iminente. Cumpre-lhes advertir fielmente seus semelhantes do infalível resultado da transgressão, bem como fielmente salvaguardar os interesses da igreja. Em tempo algum podem eles afrouxar a vigilância. Sua obra requer o exercício de todas as faculdades de seu ser. Sua voz se deve erguer qual sonido de trombeta, nunca fazendo soar uma nota vacilante e incerta. Eles não devem trabalhar por causa do salário, mas por não poderem fazer de outra maneira, visto compreenderem que há um ai sobre eles se deixarem de pregar o evangelho. Fidelidade no serviço OE 16 1 O ministro, como coobreiro de Cristo, terá profundo sentimento da santidade de sua obra, e da lida e sacrifício exigidos para realizá-la com êxito. Não considera sua própria comodidade nem conveniência. É esquecido de si mesmo. Em sua procura da ovelha perdida, não pensa em que está cansado, com frio e fome. Tem em vista um só objetivo -- a salvação da perdida. OE 16 2 Aquele que serve sob a ensangüentada bandeira de Emanuel, tem de fazer muitas vezes coisas que requerem esforço heróico e paciente perseverança. Mas o soldado da cruz permanece sem recuos na frente da batalha. Ao ativar o inimigo o ataque contra ele, volve à Fortaleza em busca de socorro; e ao apresentar ao Senhor as promessas de Sua Palavra, é fortalecido para os deveres do momento. Ele compreende sua necessidade de forças de cima. As vitórias que alcança, não o levam a exaltar-se, mas induzem-no a apoiar-se cada vez mais firmemente nAquele que é poderoso. Confiando nesse poder, é habilitado a apresentar a mensagem de salvação tão eficazmente, que tange nos outros espíritos uma corda correspondente. OE 16 3 O Senhor manda que Seus ministros apresentem a palavra da vida; que preguem, não "filosofias e vãs subtilezas", nem a "falsamente chamada ciência", mas o evangelho, "o poder de Deus para salvação". Colossences 2:8; 1 Timóteo 6:20; Romanos 1:16. "Conjuro-te pois", escreveu Paulo a Timóteo, "diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme às suas próprias concupiscências, e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." 2 Timóteo 4:1-5. Nessa incumbência, cada ministro tem um esboço de sua obra -- uma obra que ele só pode fazer mediante o cumprimento da promessa de Jesus aos discípulos: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. OE 17 1 Os ministros do evangelho, mensageiros de Deus a seus semelhantes, nunca devem perder de vista sua missão e responsabilidades. Se perdem sua ligação com o Céu, estão em maior perigo do que os outros, e podem exercer maior influência para o mal. Satanás os espreita continuamente, esperando que se desenvolva qualquer fraqueza mediante a qual possa atacá-los com êxito. E como triunfa quando é bem-sucedido! pois um embaixador de Cristo, inadvertido, permite ao grande adversário apoderar-se de muitas almas. OE 17 2 O verdadeiro ministro não fará coisa alguma que venha a amesquinhar seu sagrado ofício. Será circunspecto em seu comportamento, e prudente em toda a sua maneira de agir. Trabalhará como Cristo trabalhava; procederá como procedeu Cristo. Empregará todas as suas faculdades em levar as boas novas da salvação aos que as não conhecem. Uma fome intensa da justiça de Cristo lhe encherá o coração. Sentindo sua necessidade, buscará fervorosamente o poder que lhe tem de sobrevir para que possa apresentar de maneira simples, verdadeira e humilde a verdade tal como é em Jesus. Exemplos de firmeza humana OE 18 1 Os servos de Deus não recebem honra do mundo nem são reconhecidos por ele. Estêvão foi apedrejado por pregar a Cristo, e Este crucificado. Paulo foi aprisionado, espancado, apedrejado, e afinal condenado à morte por ser fiel mensageiro de Deus aos gentios. O apóstolo João foi banido para a Ilha de Patmos, "por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". Apocalipse 1:9. Esses exemplos de firmeza humana na força do poder divino, são para o mundo um testemunho da fidelidade das promessas de Deus, de Sua permanente presença e mantenedora graça. OE 18 2 Nenhuma esperança de gloriosa imortalidade ilumina o futuro dos inimigos de Deus. O grande general conquista nações, abate os exércitos de metade do mundo; morre, entretanto, decepcionado e no exílio. O filósofo que percorre com o pensamento o Universo, seguindo por toda parte as manifestações do poder de Deus e deleitando-se em sua harmonia, deixa muitas vezes de contemplar nessas maravilhas a Mão que as formou a todas. "O homem que está em honra e não tem entendimento, é semelhante aos animais que perecem." Salmos 49:20. Mas os heróis da fé de Deus são herdeiros de uma herança de maior valor do que qualquer riqueza terrestre -- uma herança que satisfará os anelos da alma. Podem ser desconhecidos e não reconhecidos pelo mundo, mas nos registros do Céu eles se acham inscritos como cidadãos celestiais, e possuirão exaltada grandeza, peso eterno de glória. OE 18 3 A maior obra, o mais nobre esforço em que se possam homens empenhar, é encaminhar pecadores ao Cordeiro de Deus. Ministros fiéis são colaboradores do Senhor na realização de Seus desígnios. Deus lhes diz: Ide, ensinai e pregai a Cristo. Instruí e educai a todos os que não Lhe conhecem a graça, a bondade e a misericórdia. Ensinai ao povo. "Como pois invocarão Aquele em quem não creram? e como crerão nAquele de quem não ouviram? e como ouvirão se não há quem pregue?" Romanos 10:14. OE 19 1 "Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" "Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém; porque o Senhor consolou o Seu povo, remiu a Jerusalém. O Senhor desnudou o Seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da Terra verão a salvação do nosso Deus." Isaías 52:7, 9, 10. OE 19 2 Obreiros de Cristo nunca devem pensar, muito menos falar em fracasso em sua obra. O Senhor Jesus é nossa eficiência em todas as coisas; Seu Espírito tem de ser nossa inspiração; e ao nos colocarmos em Suas mãos, para ser veículos de luz, nossos meios de fazer bem nunca se esgotarão. Poderemos haurir de Sua plenitude, e receber daquela graça que desconhece limites. ------------------------Capítulo 2 -- A santidade da obra OE 20 1 O ministro ocupa em face do povo, o lugar de porta-voz de Deus, e tem de representar o Senhor em pensamento, palavra e ação. Quando Moisés foi escolhido como mensageiro do concerto, a ordem que se lhe deu, foi: "Sê tu pelo povo diante de Deus." Êxodo 18:19. Hoje em dia, o Senhor escolhe homens como outrora a Moisés, para serem mensageiros Seus, e sério é o ai que pesa sobre aquele que desonra sua santa vocação, ou rebaixa a norma que lhe é estabelecida na vida e na obra do Filho de Deus. OE 20 2 O castigo que sobreveio a Nadabe e Abiú, filhos de Arão, mostra como Deus considera os ministros que fazem o que desonra seu sagrado mister. Esses homens estavam consagrados ao sacerdócio, mas não haviam aprendido a se reger a si mesmos. Hábitos de condescendência, por muito tempo acariciados, haviam conseguido sobre eles um domínio que nem a responsabilidade de seu cargo teve o poder de vencer. OE 20 3 À hora do culto, enquanto as orações e louvores do povo ascendiam para Deus, Nadabe e Abiú, meio embriagados, tomaram cada um seu incensário, e nele queimaram o perfumoso incenso. Mas transgrediram o mandamento de Deus por usar "fogo estranho" em lugar do fogo sagrado que o próprio Deus havia acendido, e que Ele ordenara servisse para esse desígnio. Por esse pecado, saiu do Senhor um fogo, e devorou-os à vista do povo. "E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim, e serei glorificado diante de todo o povo." Levítico 10:1-7. A comissão de Isaías OE 21 1 Quando o Senhor estava para mandar Isaías com uma mensagem para Seu povo, permitiu primeiramente ao profeta que olhasse para dentro do santo dos santos, no santuário. Repentinamente a porta e o véu interior do templo pareceram erguer-se ou ser retirados e foi-lhe permitido contemplar o interior, o santo dos santos, onde nem mesmo os pés do profeta poderiam entrar. Então surgiu perante ele a visão de Jeová sentado sobre um trono alto e sublime, e o séquito de Sua glória enchia o templo. Em redor do trono havia serafins, como guardas em torno do grande Rei, e refletiam a glória que os circundava. Ao ressoarem seus cânticos de louvor, em acentos de profunda adoração, os umbrais da porta tremiam, como se abalados por um terremoto. Com lábios nunca poluídos pelo pecado, esses anjos derramavam os louvores de Deus. "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos", exclamavam eles; "toda a Terra está cheia da Sua glória." Isaías 6:1-8. OE 21 2 Os serafins ao redor do trono acham-se tão cheios de solene reverência ao contemplar a glória de Deus, que nem por um instante se olham a si mesmos com admiração. Seu louvor é para o Senhor dos Exércitos. Ao contemplarem o futuro, quando toda a Terra será cheia de Sua glória, o triunfante cântico ecoa de um a outro em melodioso acento: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exércitos." Acham-se plenamente satisfeitos de glorificar a Deus; permanecendo em Sua presença, sob Seu sorriso de aprovação, nada mais desejam. Em trazer Sua imagem, obedecer às Suas ordens, adorá-Lo, eis realizada sua mais elevada ambição. OE 21 3 Ao escutar o profeta, a glória, o poder e a majestade do Senhor foram revelados aos seus olhos; e à luz dessa revelação seu próprio aviltamento interior apareceu com assustadora clareza. Suas próprias palavras lhe pareciam vis. Em profunda humilhação, clamou: "Ai de mim, que vou perecendo! por que eu sou um homem de lábios impuros, ... e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos." OE 22 1 A humilhação de Isaías era genuína. Quando o contraste entre a humanidade e o caráter divino se lhe tornou patente, ele se sentiu inteiramente ineficiente e indigno. Como poderia ele transmitir ao povo os santos reclamos de Jeová? OE 22 2 "Mas um dos serafins voou para mim", escreve ele, "trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado." OE 22 3 Então Isaías ouviu a voz do Senhor, dizendo: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" e, fortalecido pela idéia do toque divino, ele respondeu: "Eis-me aqui, envia-me a mim." OE 22 4 Ao olharem os ministros de Deus, pela fé, para dentro do santo dos santos, e verem as obras de nosso grande Sumo Sacerdote no santuário celeste, eles compreendem que são homens de lábios impuros, homens cujos lábios falaram muitas vezes vaidade. Bem podem desesperar ao compararem a própria indignidade com a perfeição de Cristo. De coração contrito, sentindo-se inteiramente indignos e inabilitados para sua grande obra, exclamam: "Vou perecendo!" Mas se, como Isaías, humilham o coração perante Deus, a obra feita em favor do profeta será realizada em seu benefício. Seus lábios serão tocados com uma brasa viva tirada do altar, e perderão de vista o próprio eu, num sentimento da grandeza e poder de Deus, e de Sua prontidão em ajudá-los. Compreenderão a santidade da obra que lhes é confiada, e serão levados a aborrecer tudo que os fizesse desonrar Aquele que os enviou com Sua mensagem. OE 23 1 A brasa viva é um símbolo de purificação, e representa também a potência dos esforços dos verdadeiros servos de Deus. Àqueles que fazem uma tão completa consagração que o Senhor possa tocar-lhes os lábios, é dito: Vai para a seara. Eu cooperarei contigo. OE 23 2 O ministro que houver recebido esse preparo será no mundo uma força para o bem. Suas palavras serão justas, puras e verdadeiras, repassadas de simpatia e amor; suas ações serão justas, um auxílio e uma bênção para os fracos. Cristo lhe será, sem cessar, presente, regendo-lhe o pensamento, a palavra e a ação. Ele se comprometeu a vencer o orgulho, a cobiça, o egoísmo. Ao procurar satisfazer esse compromisso, adquire força espiritual. Mediante diária comunhão com Deus, torna-se forte no conhecimento das Escrituras. Anda na companhia do Pai e do Filho; e à medida que obedece continuamente à vontade divina, torna-se dia a dia mais habilitado para proferir palavras que conduzam almas errantes ao rebanho de Cristo. ------------------------Capítulo 3 -- O campo é o mundo OE 24 1 "E Jesus, andando junto ao Mar da Galiléia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; e disse-lhes: Vinde após Mim, e Eu vos farei pescadores de homens. Então eles, deixando logo as redes, seguiram-nO. E, adiantando-Se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-nO." Mateus 4:18-22. OE 24 2 A obediência pronta, implícita desses homens, sem promessas de remuneração, parece notável; mas as palavras de Cristo eram um convite que encerrava um poder impelente. Cristo faria desses humildes pescadores, ligados com Ele, o meio de tirar homens do serviço de Satanás, levando-os ao serviço de Deus. Nessa obra eles se tornariam Suas testemunhas, levando ao mundo Sua verdade sem mistura de tradições e sofismas de homens. Mediante a prática de Suas virtudes, o andar e trabalhar com Ele, haviam de se qualificar para serem pescadores de homens. OE 24 3 Assim foram os primeiros discípulos designados para a obra do ministério evangélico. Durante três anos, trabalharam junto ao Salvador, e, por Seus ensinos, obras e exemplo, prepararam-se para levar avante a obra que Ele começara. Pela simplicidade da fé, pelo serviço puro, humilde, os discípulos foram ensinados a assumir responsabilidades na causa de Deus. OE 25 1 Há, na experiência dos apóstolos, lições que nos convém aprender. Esses homens eram como o aço em sua fidelidade ao princípio. Eram homens incapazes de falhar, ou de desanimar-se. Eram cheios de reverência e zelo para com Deus, de nobres desígnios e aspirações. Eram por natureza tão fracos e impotentes como qualquer dos que se acham agora empenhados na obra, mas punham no Senhor toda a sua confiança. Eram ricos, mas sua riqueza consistia na cultura da mente e da alma, e isso pode conseguir todo aquele que colocar a Deus como primeiro, e último, e melhor em tudo. Longamente labutaram para aprender as lições que lhes foram ministradas na escola de Cristo, e não labutaram em vão. Ligaram-se com o mais forte dos poderes, e ansiavam sempre uma compreensão mais profunda, elevada e ampla das realidades eternas, a fim de poderem com êxito apresentar ao mundo necessitado os tesouros da verdade. OE 25 2 Obreiros dessa qualidade são hoje necessários, homens que se consagrem sem reservas à obra de apresentar o reino de Deus a um mundo que jaz em pecado. O mundo necessita de homens que pensem, homens de princípios, que estejam continuamente crescendo em compreensão e discernimento. Há grande necessidade de homens capazes de se servirem da imprensa com o melhor proveito, para que à verdade sejam dadas asas que a levem depressa a toda nação, e língua e povo. O evangelho a todos os países OE 25 3 Por toda parte a luz da verdade deve brilhar, para que os corações possam despertar e converter-se. Em todos os países deve ser proclamado o evangelho. Os servos de Deus devem trabalhar em lugares vizinhos e distantes, alargando as porções cultivadas da vinha, e indo às regiões além. Devem trabalhar enquanto dura o dia; pois vem a noite, na qual nenhum homem pode trabalhar. Aos pecadores deve-se apontar um Salvador erguido numa cruz, fazendo-se ouvir por muitas vozes o convite: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Devem-se organizar igrejas, e elaborar planos para que a obra seja feita pelos membros das igrejas recém-organizadas. Ao saírem os obreiros cheios de zelo e do amor de Deus, as igrejas em sua própria terra serão reavivadas, pois o êxito dos obreiros será considerado, por todos os membros da igreja, como objeto de profundo interesse pessoal. OE 26 1 Necessitam-se homens e mulheres fervorosos, abnegados, que se dirijam a Deus e, com forte clamor e lágrimas, intercedam pelas almas que se acham à beira da ruína. Não pode haver colheita sem semeadura, nem resultados sem esforços. Abraão foi chamado para sair de sua terra, mensageiro de luz para os gentios. E, sem questionar, obedeceu. "E saiu, sem saber para onde ia." Hebreus 11:8. Assim atualmente os servos de Deus devem ir aonde Ele os chama, confiantes em que Ele os guiará e lhes dará êxito em sua obra. OE 26 2 A terrível condição do mundo pareceria indicar que a morte de Cristo fosse quase vã, e que Satanás tivesse triunfado. A grande maioria dos habitantes da Terra se têm aliado com o inimigo. Mas não temos sido enganados. Não obstante a aparente vitória de Satanás, Cristo está levando avante Sua obra no santuário celeste e na Terra. A palavra de Deus delineia a impiedade e a corrupção que haveria nos últimos dias. Ao vermos o cumprimento da profecia, nossa fé na vitória final do reino de Cristo se deve robustecer; e devemos sair com redobrado ânimo, para fazer a obra que nos é designada. OE 27 1 A solene e sagrada mensagem de advertência precisa ser proclamada nos campos mais difíceis, e nas cidades mais pecaminosas, em todos os lugares onde a luz da grande tríplice mensagem não tem ainda raiado. Cada pessoa deve ouvir o último convite para as bodas do Cordeiro. De vila a vila, de cidade a cidade, de país a país tem de ser proclamada a mensagem da verdade presente, não com exibições exteriores, mas no poder do Espírito. À medida que, na simplicidade do evangelho, forem expostos os divinos princípios que por palavra e exemplo nosso Salvador veio apresentar neste mundo, o poder da mensagem se fará sentir. Neste tempo, tem de se apoderar de todo obreiro uma nova vida, provinda da Fonte de toda a vida. Oh! quão pouco compreendemos a grandeza de nossa missão! Necessitamos de uma fé sincera e decidida, de ânimo inabalável. Nosso tempo de labor é breve, e temos de trabalhar com zelo incansável. OE 27 2 "O campo é o mundo." Mateus 13:38. Compreendemos melhor o que essa declaração abrange do que o fizeram os apóstolos que receberam a comissão de pregar o evangelho. O mundo todo é um vasto campo missionário, e nós, que temos conhecido há longo tempo a mensagem evangélica, deveríamos ser animados do pensamento de que lugares outrora de tão difícil acesso são agora facilmente penetrados. Países até agora fechados ao evangelho estão abrindo as portas, e suplicando que se lhes explique a Palavra de Deus. Reis e príncipes estão abrindo portas longamente cerradas, convidando os arautos da cruz para entrar. A seara é na verdade grande. Somente a eternidade há de revelar os resultados dos bem dirigidos esforços agora feitos. A Providência está indo adiante de nós, e o Infinito Poder está colaborando com os esforços humanos. Cegos, na verdade, devem ser os olhos que não vêem a operação do Senhor, e surdos os ouvidos que não ouvem o chamado do verdadeiro Pastor a Suas ovelhas. OE 28 1 Cristo anseia por estender o Seu domínio a todo espírito humano. Anela imprimir Sua imagem e caráter em toda alma. Quando Ele estava na Terra, ansiava por simpatia e cooperação, para que Seu reino se pudesse estender e abranger o mundo inteiro. Esta Terra é a possessão por Ele comprada, e Ele quer que os homens sejam livres e puros e santos. "Pelo gozo que Lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta." Hebreus 12:2. Sua peregrinação na Terra foi alegrada pelo pensamento de que nem todo o Seu trabalho seria vão, mas haveria de reconquistar o homem à lealdade para com Deus. E há ainda triunfos a serem alcançados mediante o sangue derramado pelo mundo, os quais trarão eterna glória a Deus e ao Cordeiro. Os gentios Lhe serão dados como herança, e as extremidades da Terra como Sua possessão. "O trabalho de Sua alma Ele verá, e ficará satisfeito." Isaías 53:11. OE 28 2 "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a Terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a Sua glória se verá sobre ti. E as nações caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu. Levanta em redor os teus olhos, e vê; todos estes já se ajuntaram, e vêm a ti; teus filhos virão de longe, e tuas filhas se criarão a teu lado. Então o verás, e serás iluminado, e o teu coração estremecerá e se alargará; porque a abundância do mar se tornará a ti." "Porque, como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Jeová fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações." Isaías 60:1-5; 61:11. OE 29 1 A comissão dada aos discípulos também nos é dada a nós. Hoje, como então, um Salvador crucificado e ressuscitado deve ser exaltado perante os que se acham sem Deus e sem esperança no mundo. O Senhor pede pastores, mestres e evangelistas. De porta a porta têm Seus servos que proclamar a mensagem de salvação. A toda nação, tribo, língua e povo as novas de perdão por Cristo devem ser levadas. Não de maneira fraca e sem vida se há de pregar a mensagem, mas com clareza, decisão e veemência. Centenas estão esperando a advertência para escapar e salvar a vida. O mundo necessita de ver nos cristãos uma evidência do poder do cristianismo. Não somente em poucos lugares, mas em todo o mundo são necessárias mensagens de misericórdia. OE 29 2 Aquele que contempla o incomparável amor do Salvador, será elevado em pensamento, purificado no coração e transformado no caráter. Ele irá a servir de luz ao mundo, e refletir em certo grau esse misterioso amor. Quanto mais contemplarmos a cruz de Cristo, tanto mais adotaremos a linguagem do apóstolo, quando disse: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo." Gálatas 6:14. ------------------------Capítulo 4 -- A responsabilidade do ministro OE 30 1 "Conjuro-te pois", escreveu Paulo a Timóteo, "diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:1, 2. OE 30 2 Esta solene incumbência a uma pessoa tão zelosa e fiel como era Timóteo, é um forte testemunho da importância e responsabilidade da obra do ministro evangélico. Intimando Timóteo ao tribunal de Deus, Paulo pede-lhe que pregue a palavra, não os dizeres e costumes dos homens; que esteja pronto para testemunhar a favor de Deus em qualquer oportunidade que se apresente -- perante grandes congregações, e nos círculos privados, pelo caminho e junto à lareira, a amigos e inimigos, quer em segurança quer exposto a agruras e perigos, vitupérios e preconceitos. OE 30 3 Temendo que a disposição mansa, condescendente de Timóteo o pudesse levar a fugir a uma parte essencial de sua obra, Paulo exortou-o a ser fiel na reprovação do pecado, e mesmo em repreender vivamente os que eram culpados de pecados graves. Todavia ele tinha de fazer isso "com toda a longanimidade e doutrina". Devia revelar a paciência e o amor de Cristo, explicando e reforçando suas reprovações pelas verdades da Palavra. OE 30 4 Aborrecer e reprovar o pecado, e ao mesmo tempo mostrar piedade e ternura para com o pecador, eis uma coisa difícil de se realizar. Quanto mais fervorosos são nossos próprios esforços para atingir a santidade do coração e da vida, tanto mais aguda a nossa percepção do pecado e mais decidida a nossa desaprovação ao mesmo. Precisamos de nos guardar contra uma indevida severidade para com o que procede mal; mas ao mesmo tempo necessitamos de cuidar em não perder de vista a inexcedível culpabilidade do pecado. Há necessidade de manifestar paciência cristã e amor para com o que erra, mas há também perigo em mostrar tanta tolerância para com seu erro, que ele se considere como não merecendo a reprovação, e a rejeite por descabida e injusta. Responsabilidade por almas OE 31 1 Os ministros de Deus devem chegar a um íntimo companheirismo com Cristo, e seguir Seu exemplo em todas as coisas -- em pureza de vida, abnegação, benevolência, diligência, perseverança. Ganhar almas para o reino de Deus precisa ser sua primeira preocupação. Com tristeza pelo pecado, e paciente amor, devem trabalhar como Cristo o fazia, desenvolvendo decidido e pertinaz esforço. OE 31 2 João Welch, ministro do evangelho, sentia tão grande responsabilidade pelas almas, que muitas vezes se erguia de noite para dirigir a Deus súplicas pela salvação delas. Em certa ocasião, a esposa insistiu com ele para que cuidasse de sua saúde, e não se arriscasse a expor-se assim. Sua resposta, foi: "Ó mulher, eu tenho de responder por três mil almas, e não sei como se encontram." OE 31 3 Em certa vila da Nova Inglaterra, estava-se cavando um poço. Quando o trabalho estava quase pronto, estando um homem ainda no fundo do mesmo, houve um desmoronamento, e ele ficou enterrado. Instantaneamente foi dado o alarme, e mecânicos, fazendeiros, comerciantes, advogados, correram ansiosamente para salvá-lo. Cordas, escadas e pás foram trazidas por mãos zelosas e cheias de boa vontade. "Salvai-o, ó salvai-o!" clamavam. OE 32 1 Os homens trabalharam com desesperada energia, até que o suor lhes corria em gotas pela fronte, e os braços tremiam do esforço. Afinal, foi enfiado um tubo para baixo, pelo qual eles gritaram para o homem, a fim de saber se estava vivo ainda. Veio a resposta: "Vivo, mas apressem-se. É terrível aqui." Com uma exclamação de alegria, renovaram os esforços, e por fim o homem foi alcançado e salvo, e a alegria que subiu aos ares parecia penetrar o próprio Céu. "Ele está salvo!" ecoava por todas as ruas da cidade. OE 32 2 Seria isso zelo e interesse demasiados, demasiado entusiasmo para salvar um homem? Certamente não era; mas, que é a perda da vida temporal em comparação com a da alma? Se a ameaça de perda de uma existência desperta no coração humano sentimento tão intenso, não deveria a perda de uma alma suscitar solicitude mais profunda em homens que professam compreender o perigo daqueles que se acham separados de Cristo? Não mostrarão os servos de Deus tão grande zelo em trabalhar pela salvação de almas como foi manifestado pela vida daquele homem soterrado no poço? Com fome do pão da vida OE 32 3 Uma piedosa mulher fez uma vez esta observação: "Oh, quem nos dera ouvir o evangelho puro como ele costumava ser pregado do púlpito! Nosso ministro é um bom homem, mas não compreende as necessidades espirituais do povo. Ele reveste a cruz do Calvário de belas flores, que ocultam toda a vergonha, escondem todo o vitupério. Minha alma tem fome do pão da vida. Quão refrigerante seria para centenas de pobres almas como a minha, ouvir qualquer coisa simples, clara, escriturística, que nos nutrisse o coração!" OE 33 1 Há necessidade de homens de fé, que não somente preguem, mas ajudem ao povo. Homens que andem diariamente com Deus, que tenham viva ligação com o Céu, cujas palavras tenham o poder de levar convicção aos corações. Não para fazer exibição de talentos e inteligência, devem os ministros trabalhar; mas para que a verdade abra caminho para as almas como uma seta do Todo-poderoso. OE 33 2 Depois de haver pregado um sermão bíblico que levou profunda convicção a um de seus ouvintes, um ministro foi abordado com a pergunta: OE 33 3 -- Crê o senhor realmente aquilo que pregou? OE 33 4 -- Certamente -- foi a resposta. OE 33 5 -- Mas é isso realmente assim? -- indagou o ansioso inquiridor. OE 33 6 -- Certamente -- disse o ministro, enquanto apanhava a Bíblia. OE 33 7 Então o homem prorrompeu: OE 33 8 -- Oh! se isso é verdade, que havemos nós de fazer? OE 33 9 "Que havemos nós de fazer?" pensou o ministro -- "nós"? Que queria dizer o homem? A pergunta, porém, abriu-lhe caminho para a alma. Saiu dali para suplicar a Deus que lhe dissesse o que haveria de fazer. E, ao orar, sobreveio-lhe, com força avassaladora, o pensamento de que tinha as solenes realidades da eternidade para apresentar ao mundo em agonia. Durante três semanas esteve vago o seu lugar no púlpito. Ele estava buscando uma resposta à pergunta: "Que havemos nós de fazer?" OE 33 10 O ministro voltou ao seu mister com uma unção vinda de Deus. Compreendera que suas pregações passadas pouca impressão haviam feito nos ouvintes. Agora sentia sobre si a terrível responsabilidade pelas almas. Ao chegar ao púlpito, não estava só. Havia uma grande obra para ser feita, mas ele sabia que Deus não lhe faltaria. Exaltava perante seus ouvintes o Salvador e Seu amor incomparável. Houve uma revelação do Filho de Deus, e começou um reavivamento que se estendeu pelas igrejas dos distritos vizinhos. A urgência da obra de Cristo OE 34 1 Se nossos ministros compreendessem quão cedo os habitantes do mundo hão de se apresentar perante o tribunal de Deus, haveriam de trabalhar mais fervorosamente para conduzir homens e mulheres a Cristo. Em breve há de vir a todos a última prova. Apenas por um pouco mais será ouvida a voz da misericórdia; apenas por um pouco mais se poderá ouvir o gracioso convite: "Se alguém tem sede, venha a Mim e beba." João 7:37. Deus envia o convite evangélico ao povo de toda parte. Que os mensageiros que Ele manda operem tão harmonicamente, tão incansavelmente, que todos venham a reconhecer que eles estiveram com Jesus, e dEle aprenderam. OE 34 2 A respeito de Arão, o sumo sacerdote de Israel, acha-se escrito: "Levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente." Êxodo 28:29. Que bela e expressiva figura é esta do imutável amor de Cristo por Sua igreja! Nosso grande Sumo Sacerdote, do qual Arão era o tipo, traz Seu povo sobre o coração. E não deveriam Seus ministros terrestres partilhar de Seu amor, simpatia e solicitude? OE 34 3 Somente o poder divino tocará o coração do pecador, levando-o, penitente, a Cristo. Nenhum grande reformador ou mestre -- Lutero, Melanchton, Wesley ou Whitefield -- poderia, de si mesmo, haver conquistado acesso a corações, ou ter conseguido os resultados alcançados por esses homens. Mas Deus falava por meio deles. Os homens sentiam a influência de um poder superior, e involuntariamente a ele se rendiam. Hoje em dia, aqueles que esquecem o próprio eu e se apóiam em Deus quanto ao êxito na obra de salvar almas, terão a cooperação divina, e seus esforços produzirão gloriosa salvação de almas. OE 35 1 Sinto-me constrangida a dizer que o trabalho de muitos de nossos ministros carece de poder. Deus está esperando para lhes outorgar Sua graça, mas eles vão passando dia após dia, possuindo apenas fé fria, nominal, apresentando a teoria da verdade, mas fazendo-o sem aquela força vital que provém da comunhão com o Céu, e faz com que as palavras proferidas encontrem lugar no coração dos homens. Estão meio adormecidos, enquanto ao redor almas estão perecendo em trevas e erro. OE 35 2 Ministros de Deus, com o coração ardente de amor a Cristo e aos vossos semelhantes, buscai despertar os que se acham mortos em ofensas e pecados. Que vossos mais ferventes rogos e advertências lhes penetrem a consciência. Que vossas fervorosas orações lhes enterneçam o coração, levando-os em arrependimento ao Salvador. Vós sois embaixadores de Cristo para proclamar Sua mensagem de salvação. Lembrai que a falta de consagração e sabedoria de vossa parte poderá fazer pender a balança para uma alma, levando-a à morte eterna. Não vos podeis permitir descuido nem indiferença. Precisais de poder, e este, Deus está disposto a vos conceder sem restrições. Requer Ele, apenas, coração humilde e contrito, pronto a crer e receber Suas promessas. Tendes apenas que usar os meios que Deus vos pôs ao alcance, e obtereis a bênção. ------------------------Capítulo 5 -- A perspectiva OE 36 1 Estamos nos aproximando do fim da história terrestre. Temos diante de nós uma grande obra -- a obra finalizadora de dar ao mundo pecador a última mensagem de advertência. Há homens que serão tirados do arado, da vinha, de vários outros ramos de trabalho, e enviados pelo Senhor a dar ao mundo esta mensagem. OE 36 2 O mundo encontra-se desconjuntado. Ao olharmos o quadro geral, a perspectiva parece desalentadora. Mas Cristo acena com preciosas promessas a todos os homens e mulheres que nos causam desencorajamento. Vê neles qualidades que os habilitarão a ocupar um lugar em Sua vinha. Se eles continuarem como aprendizes, por meio de Sua providência, Ele os tornará homens e mulheres capacitados a fazerem uma obra que não está fora de suas possibilidades; através da comunicação do Espírito Santo, dar-lhes-á poder de expressão. OE 36 3 Muitos campos áridos, não trabalhados, devem ser atingidos por iniciadores. A brilhante perspectiva do Campo mundial, como Jesus o viu, inspirará confiança em muitos obreiros que se começarem em humildade, e puserem o coração na obra, serão considerados como os homens indicados para o tempo e lugar. Cristo vê todas as misérias e desespero do mundo, a visão do qual deprimiria alguns dos nossos obreiros de grande capacidade com um sentimento de desânimo tão grande que eles não saberiam nem mesmo como começar a obra de guiar homens e mulheres ao primeiro lance da escada. Seus métodos formalistas são de pouco valor. Eles se colocariam sobre os lances mais baixos da escada, dizendo: "Subi onde estamos." Mas as pobres almas não saberiam onde colocar os pés. OE 37 1 O coração de Cristo é confortado pela visão daqueles que são pobres no mais lato sentido do termo; confortado por Sua visão daqueles que são maltratados, mas que são mansos; alegrado pelos aparentemente insatisfeitos e famintos pela justiça, pela incapacidade de muitos para começarem. Ele saúda por assim dizer o mesmo estado de coisas que desanimaria a muitos ministros. Ele corrige o nosso devotamento errôneo, dando o encargo da obra dos pobres e necessitados nos ásperos recantos da Terra, a homens e mulheres que possuem coração que pode sentir com os ignorantes e extraviados. OE 37 2 O Senhor ensina a esses obreiros como encontrar aqueles a quem Ele deseja auxiliar. Eles serão encorajados ao verem as portas se lhes abrirem, ao penetrarem em lugares nos quais poderão fazer trabalho médico-missionário. Tendo pouca confiança própria, dão a Deus toda a glória. Suas mãos podem ser rústicas e inexperientes, mas o coração é suscetível à piedade; eles estão possuídos de um ardente desejo de fazer alguma coisa que possa aliviar o infortúnio tão intenso; e Cristo está ao seu lado para ajudá-los. Ele opera por meio daqueles que descobrem misericórdia na miséria, ganho na perda de todas as coisas. Quando a Luz do mundo passa, os privilégios aparecem em todas as adversidades, ordem na confusão, o sucesso e a sabedoria de Deus naquilo que parecia ser uma falha. OE 37 3 Meus irmãos e irmãs, aproximai-vos do povo em vosso ministério. Animai aqueles que estão abatidos. Considerai as calamidades como bênçãos disfarçadas, os infortúnios como mercês. Agi de maneira que desperteis confiança em lugar de desespero. OE 38 1 O povo comum deve ocupar seus lugares como obreiros. Compartilhando as dores de seus semelhantes da mesma maneira que o Salvador participou das da humanidade, vê-Lo-ão, pela fé, trabalhando juntamente com eles. OE 38 2 "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso." Sofonias 1:14. Eu desejo bradar a todo obreiro: Avançai em fé humilde, e o Senhor será convosco. Mas velai em oração. Esta é a ciência de vosso labor. O poder é de Deus. Trabalhai sentindo vossa dependência dEle, lembrando-vos de que sois Seus coobreiros. Ele é vosso Ajudador. Vossa força dEle vem. Ele será vossa sabedoria, vossa justiça, vossa santificação, vossa redenção. Tomai o jugo de Cristo, aprendendo diariamente dEle a mansidão e a humildade. Ele será vosso conforto, vosso descanso. -- Testimonies, 270-272. OE 38 3 O Salvador conhece as profundezas da miséria e desespero do mundo, sabe por que meio produzir alívio. Vê por toda parte almas em trevas, opressas de pecado, angústia e sofrimento. Mas vê-lhes, também, as possibilidades. Vê a altura a que poderão atingir. Se bem que os seres humanos tenham abusado das mercês, malbaratado os talentos e perdido a dignidade da varonilidade à semelhança de Deus, o Criador deve ser glorificado na sua redenção. OE 38 4 Cristo regozijou-Se em que poderia fazer por Seus seguidores mais do que eles poderiam pedir ou pensar. Sabia que a verdade, armada com a onipotência do Espírito Santo, haveria de vencer no conflito com o mal; e que a bandeira ensangüentada flutuaria triunfante sobre Seus seguidores. Sabia que a vida de Seus confiantes discípulos seria como a Sua -- uma série de ininterruptas vitórias, não reconhecidas aqui como tais, mas assim consideradas no grande porvir. OE 39 1 "Tenho-vos dito isto", disse Ele, "para que em Mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo." João 16:33. Cristo não fracassou, nem ficou nunca desanimado; e Seus seguidores têm de manifestar fé igualmente perseverante. Cumpre-lhes viver como Ele viveu, e trabalhar como Ele trabalhou, porque dependem dEle como o grande Obreiro-chefe. OE 39 2 Coragem, energia e perseverança devem eles possuir. Embora lhes obstruam o caminho aparentes impossibilidades, devem avançar mediante Sua graça. Em lugar de deplorar as dificuldades, são chamados a elas sobreporem-se. Não se devem desesperar por coisa alguma, mas ter esperanças de tudo. Com a áurea cadeia de Seu incomparável amor, Cristo os ligou ao trono de Deus. É Seu desígnio que seja deles a mais elevada influência do Universo, emanando da Fonte de todo o poder. Eles terão poder para resistir ao mal, poder que nem a terra, nem a morte, nem o inferno pode dominar; poder que os habilitará a vencer assim como Cristo venceu. ------------------------Capítulo 6 -- Cristo, nosso exemplo OE 41 1 Nosso Senhor Jesus Cristo veio a este mundo como o infatigável servo das necessidades do homem. "Tomou sobre Si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças" (Mateus 8:17), a fim de poder ajudar a todas as necessidades humanas. Veio para remover o fardo de moléstias, misérias e pecados. Era sua missão restaurar inteiramente os homens; veio trazer-lhes saúde, paz e perfeição de caráter. OE 41 2 Várias eram as circunstâncias e necessidades dos que Lhe suplicavam o auxílio, e nenhum dos que a Ele se chegavam saía desatendido. DEle emanava uma corrente de poder restaurador, ficando os homens física, mental e moralmente sãos. OE 41 3 A obra do Salvador não estava restrita a qualquer tempo ou lugar. Sua compaixão desconhecia limites. Em tão larga escala realizara Sua obra de curar e ensinar; que não havia na Palestina edifício vasto bastante para comportar as multidões que se Lhe aglomeravam em torno. Nas verdes encostas da Galiléia, nas estradas, à beira-mar, nas sinagogas e em todo lugar a que os doentes Lhe podiam ser levados, aí se encontrava Seu hospital. Em cada cidade, cada vila por que passava, punha as mãos sobre os doentes, e os curava. Onde quer que houvesse corações prontos a receber-Lhe a mensagem, Ele os confortava com a certeza do amor de Seu Pai celestial. Todo o dia ajudava os que a Ele vinham; à tardinha atendia aos que tinham que labutar durante o dia pelo sustento da família. OE 42 1 Jesus carregava o terrível peso de responsabilidade da salvação dos homens. Sabia que, a menos que houvesse da parte da raça humana, decidida mudança de princípios e desígnios, tudo estaria perdido. Esse era o fardo de Sua alma, e ninguém podia avaliar o peso que sobre Ele repousava. Através da infância, juventude e varonilidade, andou sozinho. Todavia, estar-se em Sua presença, era um Céu. Dia a dia enfrentava provas e tentações; dia a dia era posto em contato com o mal, e testemunhava o poder do mesmo sobre aqueles a quem buscava abençoar e salvar. Não obstante, não vacilava nem ficava desanimado. OE 42 2 Em todas as coisas punha Seus desejos em estrita obediência à Sua missão. Glorificava Sua vida por torná-la em tudo submissa à vontade de Seu Pai. Quando, na Sua juventude, Sua mãe, ao encontrá-Lo na escola dos rabis, disse: "Filho, por que fizeste assim para conosco?" Ele respondeu -- e Sua resposta é a nota tônica de Sua obra vitalícia -- "Por que é que Me procuráveis? Não sabeis que Me convém tratar dos negócios de Meu Pai?" Lucas 2:48, 49. OE 42 3 Sua vida foi de constante abnegação. Não possuía lar neste mundo, a não ser o que a bondade dos amigos Lhe preparava como peregrino. Veio viver em nosso favor a vida do mais pobre, e andar e trabalhar entre os necessitados e sofredores. Entrava e saía, não reconhecido nem honrado, diante do povo por quem tanto fizera. OE 43 1 Era sempre paciente e animoso, e os aflitos O saudavam como a um mensageiro de vida e paz. Via as necessidades de homens e mulheres, crianças e jovens, e a todos dirigia o convite: "Vinde a Mim." OE 43 2 Durante Seu ministério Jesus dedicou mais tempo a curar os enfermos do que a pregar. Seus milagres testificavam da veracidade de Suas palavras, de que não veio a destruir, mas a salvar. Aonde quer que fosse, as novas de Sua misericórdia O precediam. Por onde havia passado, os que haviam sido alvo de Sua compaixão se regozijavam na saúde, e experimentavam as forças recém-adquiridas. Multidões ajuntavam-se em torno deles para ouvir de seus lábios as obras que o Senhor realizara. Sua voz havia sido o primeiro som ouvido por muitos, Seu nome o primeiro proferido, Seu rosto o primeiro que contemplaram. Por que não haveriam de amar a Jesus e proclamar-Lhe o louvor? Ao passar por vilas e cidades, era como uma corrente vivificadora, difundindo vida e alegria. ... OE 43 3 O Salvador tornava cada ato de cura uma ocasião para implantar princípios divinos na mente e na alma. Esse era o desígnio de Sua obra. Comunicava bênçãos terrestres, para que pudesse inclinar o coração dos homens ao recebimento do evangelho da Sua graça. OE 43 4 Cristo poderia ter ocupado o mais elevado lugar entre os mestres da nação judaica, mas preferiu levar o evangelho aos pobres. Ia de lugar a lugar, para que os que se achavam nos caminhos e atalhos pudessem ouvir as palavras da verdade. Na praia, nas encostas das montanhas, nas ruas da cidade, nas sinagogas, Sua voz se fazia ouvir explicando as Escrituras. Muitas vezes ensinava no pátio anterior do templo, a fim de os gentios Lhe poderem ouvir as palavras. OE 44 1 Tão dessemelhantes eram os ensinos de Cristo das explicações escriturísticas feitas pelos escribas e fariseus, que prendiam a atenção do povo. Os rabis apegavam-se à tradição, às teorias e especulações humanas. Muitas vezes o que os homens haviam ensinado e escrito acerca das Escrituras, era posto em lugar delas próprias. O tema dos ensinos de Cristo era a Palavra de Deus. Ele respondia aos inquiridores com um positivo: "Está escrito", "Que diz a Escritura?" "Como lês?" Em todas as oportunidades, em se despertando em amigo ou adversário qualquer interesse, Ele apresentava a Palavra. Proclamava a mensagem evangélica de maneira clara e poderosa. Suas palavras derramavam abundante luz sobre os ensinos dos patriarcas e profetas, e as Escrituras chegavam aos homens como uma nova revelação. Nunca dantes haviam Seus ouvintes percebido na Palavra de Deus tal profundeza de sentido. A simplicidade dos ensinos de Cristo OE 44 2 Um evangelista como Cristo, não houve jamais. Ele era a Majestade do Céu, mas humilhou-Se para tomar nossa natureza, a fim de chegar até ao homem na condição em que se achava. A todos, ricos e pobres, livres e servos, Cristo, o Mensageiro do concerto, trouxe as boas novas de salvação. Sua fama como o grande Operador de curas espalhou-se por toda a Palestina. Os enfermos iam para os lugares por onde Ele devia passar, a fim de para Ele poderem apelar em busca de auxílio. Para aí iam também muitas criaturas ansiosas de Lhe ouvir as palavras e receber o toque de Sua mão. Assim ia de cidade em cidade, de vila a vila, pregando o evangelho e curando os enfermos -- o Rei da glória na humilde veste humana. OE 45 1 Assistia às grandes festas anuais da nação, e falava das coisas celestes às multidões absortas nas cerimônias exteriores, trazendo a eternidade ao alcance de sua visão. Dos celeiros da sabedoria tirava tesouros para todos. Falava-lhes em linguagem tão simples, que não podiam deixar de entender. Por métodos inteiramente Seus, ajudava a todos quantos se achavam em aflição e dor. Com graça terna e cortês, ajudava a alma enferma de pecado, levando-lhe saúde e vigor. OE 45 2 Príncipe dos mestres, buscava acesso ao povo por meio de suas mais familiares relações. Apresentava a verdade de maneira que daí em diante ela estaria sempre entretecida no espírito de Seus ouvintes com suas mais sagradas recordações e afetos. Ensinava-os de maneira que os fazia sentir quão perfeita era Sua identificação com os interesses e a felicidade deles. Suas instruções eram tão diretas, tão adequadas Suas ilustrações, Suas palavras tão cheias de simpatia e animação, que os ouvintes ficavam encantados. A simplicidade e sinceridade com que Se dirigia aos necessitados santificavam cada palavra. A ricos e pobres igualmente OE 45 3 Que vida atarefada levou Ele! Dia a dia podia ser visto entrando nas humildes habitações da miséria e da dor, dirigindo palavras de esperança aos abatidos, e de paz aos aflitos. Cheio de graça, sensível e clemente, andava erguendo os desfalecidos e confortando os tristes. Aonde quer que fosse, levava bênçãos. OE 45 4 Ao passo que ajudava os pobres, Jesus estudava também os meios de atingir os ricos. Procurava travar relações com o rico e culto fariseu, o nobre judeu e a autoridade romana. Aceitava-lhes os convites, assistia às suas festas, tornava-Se familiar com os interesses e ocupações deles, a fim de obter acesso ao seu coração, e revelar-lhes as imperecíveis riquezas. OE 46 1 Cristo veio a este mundo para mostrar que, mediante o recebimento de poder do alto, o homem pode levar vida imaculada. Com incansável paciência e assistência compassiva, ia ao encontro dos homens nas suas necessidades. Pelo suave contato da graça, bania da alma o desassossego e a dúvida, transformando a inimizade em amor, e a incredulidade em confiança. ... OE 46 2 Cristo não conhecia distinção de nacionalidade, posição ou credo. Os escribas e fariseus desejavam fazer dos dons celestes um privilégio local e nacional, e excluir o resto da família de Deus no mundo. Mas Cristo veio derribar todo muro de separação. Veio mostrar que Seu dom de misericórdia e amor é tão ilimitado como o ar, a luz ou a chuva que refrigera a Terra. OE 46 3 A vida de Cristo estabeleceu uma religião em que não há castas, a religião em que judeus e gentios, livres e servos são ligados numa fraternidade comum, iguais perante Deus. Nenhuma questão política Lhe influenciava a maneira de agir. Não fazia diferença alguma entre vizinhos e estranhos, amigos e inimigos. O que tocava Seu coração era uma alma sedenta pelas águas da vida. OE 46 4 Não passava nenhum ser humano por alto como indigno, mas procurava aplicar a toda alma o remédio capaz de sarar. Em qualquer companhia em que Se encontrasse, apresentava uma lição adequada ao tempo e às circunstâncias. Cada negligência ou insulto da parte de alguém para com seu semelhante, servia apenas para O fazer mais consciente da necessidade que tinham de Sua simpatia divino-humana. Procurava inspirar esperança aos mais rudes e menos promissores, prometendo-lhes a certeza de que haveriam de tornar-se irrepreensíveis e inocentes, alcançando um caráter que manifestaria serem filhos de Deus. OE 47 1 Muitas vezes Jesus encontrava pessoas que haviam caído no poder de Satanás, e que não tinham forças para romper os laços. A essas criaturas, desanimadas, doentes, tentadas, caídas costumava dirigir palavras da mais terna piedade, palavras adequadas, e que podiam ser compreendidas. Outros se Lhe deparavam que estavam empenhados numa luta renhida com o adversário das almas. A esses Ele animava a perseverar, assegurando-lhes que haviam de triunfar, pois anjos de Deus se achavam a seu lado e lhes dariam a vitória. OE 47 2 À mesa dos publicanos Ele Se sentava como hóspede de honra, mostrando por Sua simpatia e benevolência social que reconhecia a dignidade humana; e os homens anelavam tornar-se dignos de Sua confiança. Sobre seu coração sedento, as palavras dEle caíam como bendito poder, vivificante. Novos impulsos eram despertados, e abria-se, para esses párias da sociedade, a possibilidade de vida nova. OE 47 3 Conquanto fosse judeu, Jesus Se associava sem reserva com os samaritanos, deitando assim por terra os costumes farisaicos de Sua nação. A despeito de seus preconceitos, Ele aceitou a hospitalidade desse povo desprezado. Dormia com eles sob seu teto, comia à mesa deles -- compartilhando da comida preparada e servida por suas mãos -- ensinava em suas ruas, e tratava-os com a maior bondade e cortesia. E ao passo que lhes atraía o coração pelos laços de humana simpatia, Sua divina graça levava-lhes a salvação que os judeus rejeitavam. -- A Ciência do Bom Viver, 17-26. ------------------------Capítulo 7 -- Cristo como mestre OE 48 1 O Redentor do mundo andou fazendo o bem. Quando perante o povo, dirigindo-lhes as palavras da eterna verdade, com que ansiedade observava as mutações da fisionomia de Seus ouvintes! As que exprimiam profundo interesse e prazer enquanto escutavam Suas palavras, davam-Lhe grande regozijo. E quando a verdade, exposta com clareza, tocava em algum pecado ou ídolo acariciado, observava a mudança do rosto, o olhar frio, duro, proibitivo, que indicava haver essa verdade sido mal recebida. Jesus sabia que a positiva reprovação do pecado era exatamente o que Seus ouvintes necessitavam; e a luz que Ele derramava nas sombrias câmaras de seu espírito teria sido a maior bênção para eles, caso a houvessem aceitado. OE 48 2 A obra de Cristo era expor, de maneira simples, de modo a serem bem compreendidas, verdades que, uma vez obedecidas, trariam paz e felicidade à alma. Ele podia ver para além da superfície, e ver os pecados acariciados que estavam arruinando a vida e o caráter e alienando almas de Deus. Apontava esses pecados, para que todos os pudessem ver em seu verdadeiro aspecto, afastando-os de si. Em alguns, cujo exterior parecia o mais endurecido, distinguia Jesus traços animadores. Sabia que haviam de atender à luz, que se tornariam verdadeiros seguidores Seus. OE 48 3 Ao penetrarem as setas da verdade no coração de Seus ouvintes, abrindo brecha através das barreiras do egoísmo, e produzindo humilhação, arrependimento, e afinal verdadeira gratidão, o coração do Salvador enchia-se de alegria. Quando corria os olhos sobre a multidão de ouvintes que O rodeavam, reconhecendo entre eles os mesmos rostos que vira em ocasiões anteriores, Sua fisionomia revelava o regozijo de ver ali prometedores súditos de Seu reino. OE 49 1 Os mensageiros de Cristo, os que Ele envia em Seu lugar, hão de ter os mesmos sentimentos, o mesmo sincero interesse. E os que são tentados a pensar que seus trabalhos não são apreciados, e se inclinam a desanimar, devem lembrar que Jesus tinha de tratar com corações tão duros como os que eles encontram, sendo Sua experiência mais probante do que a que eles possam ter tido, ou jamais venham a ter. Ensinava o povo com paciente amor. Sua profunda e perscrutadora sabedoria conhecia as necessidades de cada alma dentre Seus ouvintes; e ao vê-los recusar a mensagem de paz e amor que lhes viera trazer, o coração se Lhe angustiava até ao íntimo. OE 49 2 O Redentor do mundo não veio com exibições exteriores, nem com manifestações de sabedoria humana. Os homens não podiam ver, sob a aparência de humanidade, a glória do Filho de Deus. Ele foi "desprezado, e rejeitado pelos homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos". Era aos olhos deles "como raiz de uma terra seca", sem "parecer nem formosura" (Isaías 53:2, 3) para que O desejassem. Mas Ele declarou: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim; porque o Senhor Me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos." Isaías 61:1. OE 49 3 Cristo chegava ao povo na posição em que este se achava. Apresentava a simples verdade perante seu espírito, na linguagem mais poderosa e singela. O pobre humilde, o mais ignorante, podia compreender, mediante a fé nEle, as mais exaltadas verdades. Ninguém precisava consultar os instruídos doutores quanto ao sentido do que Ele dizia. Não embaraçava o ignorante com misteriosos raciocínios, nem usava palavras fora do comum ou eruditas, de que não tivessem conhecimento. O maior Mestre que o mundo já conheceu, foi o mais definido, simples e prático em Suas instruções. OE 50 1 "Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo o homem que vem ao mundo." João 1:9. O mundo tem tido seus grandes ensinadores, homens de intelecto gigantesco e maravilhoso espírito de investigação, homens cujas idéias têm estimulado a pensar, e aberto aos olhos dos outros vasto campo de conhecimentos; e esses homens têm sido honrados como guias e benfeitores de sua raça. Existe, entretanto, Alguém que ocupa lugar superior ao deles. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai Esse O fez conhecer." João 1:12, 18. OE 50 2 Podemos traçar a linhagem dos grandes mestres do mundo até onde chegam os registros humanos; mas a Lua existia antes deles. Como a Lua e as estrelas do sistema solar brilham pelo reflexo da luz do Sol, assim o que têm de verdadeiro os ensinos dos grandes pensadores terrestres é um reflexo dos raios do Sol da Justiça. Cada jóia de pensamento, cada lampejo de inteligência, provém da Luz do mundo. ------------------------Capítulo 8 -- Uma lição para nosso tempo OE 51 1 A experiência de Enoque e João Batista representa o que deve ser a nossa. Devemos estudar muito mais do que fazemos, a vida desses homens -- daquele que foi trasladado para o Céu sem provar a morte; e daquele que, antes do primeiro advento de Cristo, foi chamado a preparar o caminho do Senhor, a endireitar as Suas veredas. A experiência de Enoque OE 51 2 A respeito de Enoque está escrito que viveu sessenta e cinco anos, e gerou um filho; depois disso andou com Deus por trezentos anos. Durante aqueles primeiros anos Enoque havia amado e temido a Deus e guardara Seus mandamentos. Após o nascimento do primeiro filho, atingiu uma experiência mais elevada; foi atraído a uma comunhão mais íntima com Deus. Ao ver o amor do filho para com o pai, sua confiança simples na proteção dele; ao sentir a profunda e compassiva ternura de seu próprio coração para com aquele primogênito, aprendeu uma preciosa lição quanto ao maravilhoso amor de Deus para com o homem na dádiva de Seu Filho, e a confiança que os filhos de Deus devem pôr em seu Pai celestial. O infinito, insondável amor de Deus mediante Cristo, tornou-se dia e noite o objeto de suas meditações. Com todo o fervor de alma, procurava revelar esse amor ao povo no meio do qual vivia. OE 51 3 O andar de Enoque com Deus não era em transe ou em visão, mas em todos os deveres da vida diária. Não se tornou eremita, isolando-se inteiramente do mundo; pois tinha no mundo uma obra a fazer para Deus. Na família e em suas relações com os homens, como esposo e pai, amigo e cidadão, era o resoluto e inabalável servo do Senhor. OE 52 1 Em meio de uma vida de ativo labor, Enoque mantinha firmemente sua comunhão com Deus. Quanto maiores e mais prementes eram seus labores, mais constantes e fervorosas as suas orações. Ele perseverava em excluir-se a certos períodos, de toda sociedade. Depois de permanecer por certo tempo entre o povo, trabalhando para o beneficiar por meio de instruções e exemplos, costumava retirar-se, a fim de passar um período em solidão, com fome e sede daquele conhecimento divino que só Deus pode transmitir. OE 52 2 Comungando assim com Deus, Enoque chegou a refletir mais e mais a imagem divina. Seu semblante irradiava santa luz; a mesma que brilhava no rosto de Jesus Cristo. Ao sair dessa divina comunhão, os próprios ímpios contemplavam com respeito o cunho celeste estampado em sua fisionomia. OE 52 3 Sua fé tornava-se mais forte, mais ardente o seu amor com o decorrer dos séculos. A oração era-lhe como a respiração da alma. Vivia na atmosfera do Céu. OE 52 4 Ao serem-lhe reveladas as cenas do futuro, Enoque tornou-se um pregador da justiça, levando a mensagem de Deus a todos os que quisessem ouvir as palavras de advertência. Na terra para onde Caim procurara fugir da presença divina, o profeta de Deus tornou conhecidas as maravilhosas cenas que haviam passado perante sua visão. "Eis que é vindo o Senhor", declarou ele, "com milhares de Seus santos; para fazer juízo contra todos e condenar dentre todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram." Judas 14, 15. OE 53 1 O poder de Deus, que operava em Seu servo, era sentido pelos que o escutavam. Alguns davam ouvidos às advertências, e renunciavam a seus pecados; mas as multidões zombavam da solene mensagem. Os servos de Deus devem apresentar ao mundo dos últimos dias mensagem idêntica, que também será pela maioria recebida com incredulidade e motejos. OE 53 2 À medida que se passavam os anos, mais e mais volumosa se tornava a onda dos crimes, mais e mais sombria as nuvens do juízo divino. Todavia Enoque, a testemunha da fé, perseverava em seu caminho, advertindo, suplicando e ensinando, esforçando-se para rechaçar a maré do crime e deter os raios da vingança. OE 53 3 Os homens daquela geração zombavam da loucura daquele que não buscava juntar ouro nem prata, nem adquirir possessões aqui. Mas o coração de Enoque estava nos tesouros eternos. Ele contemplava a cidade celestial. Vira o Rei em Sua glória no meio de Sião. Quanto maior era a iniqüidade dominante, tanto mais fervoroso seu anelo pelo lar de Deus. Conquanto ainda na Terra, habitava pela fé no reino da luz. OE 53 4 "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus." Mateus 5:8. Por trezentos anos Enoque buscava a pureza do coração, a fim de poder estar em harmonia com o Céu. Por três séculos andara com Deus. Dia a dia ansiara uma união mais íntima; mais e mais estreita se tornara a comunhão, até que Deus o tomou para Si. Ele se achava no limiar do mundo eterno, mediando apenas um passo entre ele e a Terra abençoada; e agora, a porta abriu-se, o andar com Deus, por tanto tempo prosseguido na Terra, continuou, e ele passou pelas portas da santa cidade -- o primeiro dentre os homens a aí penetrar. OE 54 1 "Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, ... visto como antes de sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus." Hebreus 11:5. OE 54 2 A tal comunhão o Senhor nos está convidando. Como a de Enoque, assim deve ser a santidade de caráter daqueles que serão resgatados dentre os homens por ocasião da segunda vinda do Senhor. A experiência de João Batista OE 54 3 João Batista, em sua vida no deserto, foi ensinado por Deus. Estudou as revelações de Deus na Natureza. Sob a guia do divino Espírito, estudou os rolos dos profetas. Dia e noite Cristo era seu estudo, sua meditação, até que espírito, alma e coração ficaram cheios da gloriosa visão. OE 54 4 Ele contemplou o Rei em Sua beleza, e perdeu de vista o próprio eu. Viu a majestade da santidade, e reconheceu a própria ineficiência e indignidade. Era a mensagem de Deus que ele devia proclamar. Era no poder de Deus e em Sua justiça que se devia manter firme. Estava disposto a ir como mensageiro do Céu, inabalável ante as coisas humanas, pois contemplara o Divino. Podia manter-se destemido perante os monarcas terrestres, porque se prostrara tremente diante do Rei dos reis. OE 54 5 João não anunciava sua mensagem com elaborados argumentos ou engenhosas teorias. Assustadora e severa, e todavia cheia de esperança, era sua voz ouvida do deserto: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus." Mateus 3:2. Com novo e estranho poder movia o povo. Toda a nação foi abalada. Multidões acorriam ao deserto. OE 55 1 Camponeses e pescadores iletrados dos distritos vizinhos; soldados romanos dos quartéis de Herodes; comandantes, de espada à cinta, dispostos a aniquilar qualquer coisa que cheirasse a rebelião; os avaros cobradores de impostos, de suas coletorias; e do Sinédrio, os sacerdotes em seus filactérios -- todos escutavam como presos de fascinação; e todos, mesmo o fariseu e o saduceu, o frio e impassível zombador, saíam calando seu motejo, e sentindo o coração penetrado do sentimento de seus pecados. Herodes em seu palácio ouviu a mensagem, e o orgulhoso príncipe, endurecido pelo pecado, tremeu ante o convite ao arrependimento. OE 55 2 Neste século, exatamente antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do Céu, tem de ser feita uma obra idêntica à de João. Deus pede homens que preparem um povo para subsistir no grande dia do Senhor. A mensagem que precedeu o ministério público de Cristo, foi: Arrependei-vos, publicanos e pecadores; arrependei-vos fariseus e saduceus; "arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus". Como um povo que acredita na próxima segunda vinda de Cristo, temos uma mensagem a apresentar -- "Prepara-te, ... para te encontrares com o teu Deus". Amós 4:12. OE 55 3 Nossa mensagem precisa ser tão direta como o foi a de João. Ele repreendia reis por sua iniqüidade. Não obstante sua vida estar em perigo, não hesitava em declarar a Palavra de Deus. E nossa obra neste tempo tem de ser feita com igual fidelidade. OE 55 4 A fim de dar uma mensagem tal como a de João, devemos possuir vida espiritual semelhante à sua. A mesma obra deve ser efetuada em nós. Devemos contemplar a Deus e, em assim fazendo, perder de vista o próprio eu. OE 55 5 João tinha por natureza as faltas e fraquezas comuns à humanidade; mas o toque do divino amor o transformara. Quando, após o início do ministério de Cristo, os discípulos de João chegaram a ele com a queixa de que todos iam em seguimento do novo Mestre, João mostrou quão claramente compreendia suas relações para com o Messias, e quão alegremente recebia Aquele para quem preparara o caminho. OE 56 1 "O homem não pode receber coisa alguma", disse, "se lhe não for dada do Céu. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dEle. Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim pois já este meu gozo está cumprido. É necessário que Ele cresça e eu diminua." João 3:27-30. OE 56 2 Olhando com fé ao Redentor, João elevara-se ao ponto da abnegação. Não buscava atrair a si os homens, mas erguer-lhes o pensamento cada vez mais alto, até que pudessem repousar no Cordeiro de Deus. Ele próprio não passara de uma voz, um clamor no deserto. Agora aceitava com alegria o silêncio e a obscuridade, a fim de que os olhos de todos se pudessem volver para a Luz da vida. OE 56 3 Os que são fiéis à sua vocação de mensageiros de Deus, não buscarão honras para si mesmos. O amor próprio será absorvido pelo amor a Cristo. Reconhecerão que sua obra é proclamar, como João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. OE 56 4 A alma do profeta, esvaziada do próprio eu, foi cheia da luz do Divino. Em palavras que eram quase as mesmas do próprio Cristo, deu testemunho da glória do Salvador. "Aquele que vem de cima", disse ele, "é sobre todos; aquele que vem da Terra é da Terra e fala da Terra. Aquele que vem do Céu é sobre todos." "Porque Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus." João 3:31, 34. OE 57 1 Todos os seguidores de Cristo devem participar dessa Sua glória. O Salvador podia dizer: "Não busco a Minha vontade, mas a vontade do Pai que Me enviou." João 5:30. E João declarou: "Não Lhe dá Deus o Espírito por medida." O mesmo se dá com os discípulos de Cristo. Só podemos receber da luz do Céu à medida que estamos dispostos a nos esvaziar do próprio eu. Só podemos discernir o caráter de Deus, e aceitar Cristo pela fé, na proporção em que consentimos em sujeitar cada pensamento à obediência de Cristo. E a todos quantos assim fazem, o Espírito Santo é dado sem medida. Em Cristo "habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nEle". Colossences 2:9, 10. OE 57 2 A vida de João não foi passada na ociosidade, em ascética tristeza, ou isolamento egoísta. De quanto em quando saía a misturar-se com os homens; e era sempre um observador interessado do que se passava no mundo. De seu sossegado retiro, observava o desdobrar dos acontecimentos. Com a visão iluminada pelo Espírito divino, estudava o caráter dos homens, a fim de poder compreender a maneira de chegar-lhes ao coração com a mensagem do Céu. Sentia sobre si a responsabilidade de sua missão. Na solidão, por meio de meditações e orações, procurava preparar a alma para a tarefa de sua vida. ------------------------Capítulo 9 -- Paulo, o apóstolo dos gentios OE 58 1 Entre aqueles que foram chamados para pregar o evangelho de Cristo, destaca-se o apóstolo Paulo, exemplo, a todo ministro, de lealdade, devoção e infatigável esforço. Suas experiências e instruções concernentes à santidade da obra do ministro, são uma fonte de auxílio e inspiração aos que estão empenhados no ministério evangélico. OE 58 2 Antes de sua conversão, Paulo era acérrimo perseguidor dos seguidores de Cristo. Mas, à porta de Damasco, uma voz lhe falou, sua alma foi iluminada por uma luz celeste, e na revelação que aí lhe foi dada do Crucificado, viu alguma coisa que lhe mudou o inteiro curso da vida. Daí em diante colocava acima de tudo o amor ao Senhor da glória, a quem havia tão incansavelmente perseguido na pessoa de Seus santos. Fora-lhe confiado o tornar conhecido "o mistério" que "desde tempos eternos esteve oculto". Romanos 16:25. "Este é para Mim um vaso escolhido", declarou o Anjo que apareceu a Ananias, "para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel." Atos dos Apóstolos 9:15. OE 58 3 E durante seu longo período de serviço, Paulo nunca vacilou em sua aliança com seu Salvador. "Não julgo que o haja alcançado"; escreveu ele aos filipenses, "mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filipenses 3:13, 14. OE 58 4 A vida de Paulo foi de atividades várias e intensas. De cidade a cidade, de um país a outro, viajava, contando a história da cruz, ganhando conversos ao evangelho, e estabelecendo igrejas. Por essas igrejas tinha ele constante cuidado, e escreveu às mesmas várias cartas de instruções. Por vezes trabalhava no seu ofício a fim de ganhar o pão cotidiano. Mas em toda a atarefada atividade de sua vida, nunca perdeu de vista o grande desígnio -- prosseguir para o alvo de sua alta vocação. OE 59 1 Paulo levava consigo a atmosfera do Céu. Todos os que se aproximavam dele experimentavam a influência de sua união com Cristo. O fato de sua própria vida exemplificar a verdade que ele proclamava, dava um poder convincente a suas pregações. Nisto está o poder da verdade. A não estudada, inconsciente influência de urna vida santa é o mais convincente sermão que se pode pregar em favor do cristianismo. O argumento, mesmo quando irrefutável, pode não provocar senão oposição; mas um exemplo piedoso possui um poder a que é impossível resistir inteiramente. OE 59 2 O coração do apóstolo ardia em amor aos pecadores, e ele punha todas as suas energias na obra de ganhar almas. Não existiu jamais um obreiro mais abnegado e perseverante. As bênçãos que recebia, eram por ele prezadas como outras tantas vantagens a serem usadas para beneficiar outros. Não perdia oportunidade de falar do Salvador, nem de auxiliar os que se achavam em aflições. Onde quer que pudesse achar um ouvinte, buscava impedir o mal e enveredar os pés de homens e mulheres para o caminho da justiça. OE 59 3 Paulo nunca esqueceu a responsabilidade que sobre ele repousava como ministro de Cristo; ou que se almas se perdessem devido à infidelidade de sua parte, Deus o consideraria como responsável. "Portanto no dia de hoje", declarou ele, "vos protesto que estou limpo do sangue de todos." Atos dos Apóstolos 20:26. "Da qual eu estou feito ministro", disse ele da mensagem evangélica, "segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a Palavra de Deus; o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos Seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo; e para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que obra em mim poderosamente." Colossences 1:25-29. OE 60 1 Essas palavras apresentam ao obreiro de Cristo uma elevada norma a atingir, todavia podem alcançá-la todos os que, colocando-se sob o domínio do grande Mestre, aprendem diariamente na escola de Cristo. O poder à disposição de Deus é ilimitado; e o ministro que em sua grande necessidade priva com o Senhor, pode estar certo de que receberá aquilo que será para seus ouvintes um cheiro de vida para vida. OE 60 2 Os escritos de Paulo mostram que o ministro do evangelho deve ser um exemplo das verdades que ensina, "não dando... escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado". 2 Coríntios 6:3. A Tito, escreveu ele: "Exorta semelhantemente aos mancebos a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." Tito 2:6-8. OE 60 3 Ele nos deixou de sua própria obra uma descrição em sua carta aos crentes coríntios: "Como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados, e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo." 2 Coríntios 6:4-10. OE 61 1 O coração de Paulo achava-se repleto de um profundo e permanente sentimento de sua responsabilidade; e ele trabalhava em comunhão com Aquele que é a fonte da justiça, da misericórdia e da verdade. Apegava-se à cruz de Cristo como sua garantia única de êxito. O amor do Salvador era o constante motivo que o sustinha nos conflitos com o próprio eu e na luta contra o mal, quando, no serviço de Cristo, avançava contra a inimizade do mundo e a oposição dos inimigos. OE 61 2 O que a igreja necessita nestes dias de perigo, é de um exército de obreiros que, como Paulo, se hajam educado para a utilidade, que tenham experiência profunda nas coisas de Deus, e se achem possuídos de sinceridade e zelo. Necessitam-se homens santificados, dotados de espírito de sacrifício; homens animosos e leais; homens em cujo coração Cristo esteja formado, "a esperança da glória" (Colossences 1:27) e, com lábios tocados por fogo sagrado, preguem a palavra. A causa de Deus enfraquece por falta de obreiros assim, e erros fatais, como um veneno mortífero, mancham a moral e esterilizam as esperanças de grande parte da raça humana. OE 61 3 Os fiéis e cansados porta-estandartes estão oferecendo a vida por amor da verdade, e quem se apresentará para lhes tomar o lugar? Aceitarão nossos jovens, das mãos de seus pais o santo legado? Estão-se eles preparando para preencher as lacunas ocasionadas pela morte dos fiéis? Será aceita a incumbência do apóstolo, ouvida a chamada ao cumprimento do dever por entre os incitamentos ao egoísmo e à ambição que acenam à mocidade? ------------------------Capítulo 10 -- Jovens no ministério OE 63 1 O ministério evangélico não deve sofrer menosprezo. Empreendimento algum deve ser dirigido de maneira a fazer com que o ministério da Palavra seja olhado como coisa de menor importância. Não é assim. Os que amesquinham o ministério estão menosprezando a Cristo. A mais elevada de todas as obras é o ministério, em seus vários ramos, e deve ser mantido sempre presente no espírito dos jovens que não há obra mais abençoada por Deus do que a do ministro evangélico. OE 63 2 Que os nossos moços não sejam dissuadidos de entrar no ministério. Há perigo de que, mediante brilhantes representações, alguns sejam desviados da vereda que Deus os convida a trilhar. Alguns têm sido animados a tomar um curso de estudos no ramo médico, quando deveriam estar-se preparando para entrar no ministério. O Senhor pede mais ministros para trabalharem em Sua vinha. Foram ditas as palavras: "Fortalecei os postos avançados; mantende fiéis sentinelas em tocas as partes do mundo." Deus vos chama, jovens. Ele pede exércitos inteiros de moços dotados de coração generoso e largueza de vistas, e que se achem possuídos de profundo amor a Cristo e à verdade. OE 63 3 A medida da capacidade ou do saber, é de muito menos conseqüência do que o espírito com que vos empenhais na obra. Não é de grandes nem doutos que o ministério necessita; não é de eloqüentes oradores. Deus pede homens que se entreguem a Ele para serem possuídos por Seu Espírito. A causa de Cristo e da humanidade requer homens santificados, dotados de espírito de sacrifício, que possam sair para fora do arraial, levando o Seu vitupério. Que sejam fortes, valentes, aptos para toda boa obra, e façam com Deus um concerto com sacrifício. OE 64 1 O ministério não é lugar para preguiçosos. Os servos de Deus têm de ser bem provados para seu ministério. Não serão indolentes, mas, como expositores de Sua palavra, desenvolverão a máxima energia para serem fiéis. Nunca devem deixar de aprender. Devem manter viva a própria alma quanto à santidade da obra e às grandes responsabilidades de sua vocação, a fim de que, em tempo algum e em nenhum lugar apresentem a Deus um sacrifício defeituoso, uma obra que não lhes tenha custado estudo ou oração. OE 64 2 O Senhor necessita de homens de vida espiritual intensa. Cada obreiro pode receber uma dotação de forças do alto, e avançar com esperança e fé na estrada em que Deus o convida a andar. A Palavra de Deus permanece no jovem obreiro consagrado. Ele é pronto, zeloso, poderoso, tendo no conselho de Deus fonte infalível de provisão. OE 64 3 Deus chamou este povo para dar ao mundo a mensagem da próxima vinda de Cristo. Devemos fazer aos homens o último convite para o banquete do evangelho, o derradeiro convite para a ceia das bodas do Cordeiro. Milhares de lugares que não têm ouvido o convite devem ainda recebê-lo. Muitos que ainda não proclamaram a mensagem hão de fazê-lo ainda. Apelo novamente para nossos moços: Não vos chamou Deus para fazer soar esta mensagem? OE 65 1 Quantos de nossos jovens entrarão para o serviço do Senhor, não para serem servidos, mas para servirem? Houve, no passado, pessoas que fixavam o espírito sobre alma após alma, dizendo: "Senhor, ajuda-nos a salvar esta alma." Agora, no entanto, tais exemplos são raros. Quantos procedem como se avaliassem o perigo dos pecadores? Quantos tomam aqueles que sabem achar-se em perigo, apresentando-os a Deus em oração, e suplicando-Lhe que os salve? OE 65 2 O apóstolo Paulo podia dizer da igreja primitiva: "E glorificavam a Deus a respeito de mim." Gálatas 1:24. Não nos esforçaremos por viver de modo a que se possam dizer de nós as mesmas palavras? O Senhor há de prover meios e modos para os que O buscam de todo o coração. Ele deseja que reconheçamos a divina superintendência manifestada em preparar campos de labor, e o caminho para que esses campos sejam ocupados com êxito. OE 65 3 Que pastores e evangelistas dediquem mais períodos a fervorosa oração com os que são convencidos pela verdade. Lembrai-vos de que Cristo está sempre convosco. O Senhor tem de prontidão as mais preciosas manifestações de Sua graça para fortalecer e animar o obreiro humilde e sincero. Depois, fazei refletir sobre outros a luz que Deus tem feito brilhar sobre vós. Aqueles que assim fazem, trazem ao Senhor a mais preciosa oferta. O coração dos que levam as boas novas de salvação arde com o espírito de louvor. ... OE 65 4 O número de obreiros no ministério não deve ser diminuído, mas grandemente aumentado. No lugar onde há agora um pastor, vinte devem ser acrescentados; e se o Espírito de Deus os reger, esses vinte hão de apresentar a mensagem de tal maneira, que acrescerão outros vinte. OE 66 1 A dignidade e cargo de Cristo consistem em impor as condições que Lhe aprouverem. Seus seguidores devem tornar-se uma força cada vez maior na proclamação da verdade, à medida que se aproximarem da perfeição da fé, e do amor para com seus irmãos. Deus tem provido divino auxílio para todas as emergências às quais nossos recursos humanos não podem fazer face. Ele concede Seu Espírito Santo para valer em todo apuro, fortalecer nossa esperança e certeza, para iluminar nosso espírito e purificar nosso coração. Sua intenção é que nos sejam proporcionados suficientes recursos para o desenvolvimento de Seus planos. Peço-vos que busqueis conselho de Deus. Buscai-O de todo o coração, e "fazei tudo quanto Ele vos disser". João 2:5. -- Testimonies for the Church 6:414, 415. OE 66 2 Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a voltar poderia ser levada ao mundo todo! Quão depressa poderia vir o fim -- o fim do sofrimento, tristeza e pecado! Quão depressa, em lugar desta possessão aqui, com sua mancha de pecado e dor, poderiam nossos filhos receber sua herança onde "os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre"; onde "morador nenhum dirá: enfermo estou", e "nunca mais se ouvirá nela voz de choro"! Salmos 37:29; Isaías 33:24; 65:19. -- Educação, 271. ------------------------Capítulo 11 -- A juventude portadora de responsabilidades OE 67 1 "Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o maligno." 1 João 2:14 (revista e atualizada). OE 67 2 Para que a obra possa avançar em todos os ramos, Deus pede vigor, zelo e coragem juvenis. Ele escolheu a mocidade para ajudar no progresso de Sua causa. Planejar com clareza de espírito e executar com mãos valorosas, exige energias novas e sãs. Os jovens, homens e mulheres, são convidados a consagrar a Deus a força de sua juventude, a fim de que, pelo exercício de suas faculdades, mediante vivacidade de pensamento e vigor de ação, possam glorificá-Lo, e levar salvação a seus semelhantes. OE 67 3 Em vista de sua alta vocação, os jovens dentre nós não devem buscar divertimento ou viver para a satisfação egoísta. A salvação de almas tem de ser o motivo que os estimule à ação. Na força que Deus proporciona, têm de elevar-se acima de todo hábito aviltante e que escraviza. Cumpre-lhes ponderar bem a vereda de seus pés, lembrando-se de que, segundo a direção que tomarem, outros seguirão. OE 67 4 Ninguém vive para si; todos exercem influência para o bem ou para o mal. Por isso o apóstolo exorta os moços a serem prudentes. Como podem ser diferentes, ao lembrarem que têm de ser coobreiros de Cristo, participantes de Sua abnegação e sacrifício, de Sua paciência e delicada benevolência? OE 67 5 Aos jovens de hoje, do mesmo modo que a Timóteo, são dirigidas as palavras: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." "Foge também dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade, e a paz." "Sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza." 2 Timóteo 2:15, 22; 1 Timóteo 4:12. OE 68 1 Os portadores de responsabilidades entre nós estão sucumbindo pela morte. Muitos dos que se têm destacado em levar avante as reformas instituídas por nós como um povo, acham-se agora para além do meridiano da vida, e declinam em vigor físico e mental. Com o mais profundo interesse se pode fazer a pergunta: Quem preencherá o lugar deles? A quem se podem confiar os interesses vitais da igreja, quando os atuais porta-estandartes tombarem? Não podemos deixar de volver-nos ansiosamente para a juventude de hoje, como os que têm de assumir esses cargos e sobre quem têm de recair as responsabilidades. Esses devem tomar a obra onde os outros a deixarem, e sua conduta determinará se há de predominar a moralidade, a religião e a piedade vital, ou se a imoralidade e a infidelidade hão de corromper e crestar tudo que é valioso. OE 68 2 Aos mais velhos cumpre, por preceito e por exemplo, educar a mocidade, atender aos direitos que a sociedade e seu Criador sobre eles têm. Graves responsabilidades têm de ser postas sobre esses jovens. A questão é: Serão eles capazes de se governar a si mesmos, e avançar na pureza da varonilidade que Deus lhes deu, aborrecendo tudo que cheira a impiedade? OE 68 3 Nunca dantes esteve tanta coisa em jogo; nunca houve resultados tão importantes dependendo de uma geração como os que repousam sobre os que aparecem agora no cenário da ação. Nem por um momento deve a juventude pensar que pode ocupar de maneira aceitável qualquer posição de confiança, sem possuir bom caráter. Seria o mesmo que esperarem eles colher uvas dos abrolhos, ou figos dos espinheiros. OE 69 1 Um bom caráter tem de ser edificado tijolo a tijolo. Os característicos que hão de habilitar os jovens a trabalhar com êxito na causa de Deus, podem ser obtidos pelo diligente exercício de suas faculdades, aproveitando toda vantagem que a providência lhes proporciona, e pondo-se em contato com a Fonte de toda a sabedoria. Não se devem satisfazer com uma baixa norma. O caráter de José e Daniel são bons modelos a seguir, e na vida do Salvador têm eles um modelo perfeito. OE 69 2 A todos é dada a oportunidade de desenvolver o caráter. Todos podem ocupar o lugar que lhes é designado no grande plano de Deus O Senhor aceitou Samuel já desde a infância, porque seu coração era puro. Ele foi dado a Deus, oferta consagrada, e o Senhor fez dele um veículo de luz. Se a juventude de hoje se consagrar como o fez Samuel, o Senhor a aceitará e a empregará em Sua obra. E ser-lhes-á dado dizerem a respeito de sua vida, juntamente com o salmista: "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as Tuas maravilhas." Salmos 71:17. A necessidade de preparar obreiros OE 69 3 Em breve tem a mocidade de tomar as responsabilidades que estão agora sobre os obreiros mais velhos. Temos perdido tempo negligenciando proporcionar aos moços uma educação sólida e prática. A causa de Deus está continuamente progredindo, e devemos obedecer à ordem: Avançai! Necessitam-se homens e mulheres jovens que não sejam governados por circunstâncias, que andem com Deus, que orem muito e envidem fervorosos esforços para adquirir toda a luz que possam. OE 70 1 O obreiro de Deus deve desenvolver no mais alto grau as faculdades mentais e morais com que a natureza, o cultivo e a graça de Deus o dotaram; mas seu êxito será proporcional ao grau de consagração e abnegação com que o serviço for feito, de preferência aos dotes naturais ou adquiridos. Fervoroso e constante esforço para adquirir habilitações é coisa necessária; mas a menos que Deus coopere com a humanidade, nada de bom se pode realizar. A graça divina, eis o grande elemento do poder salvador; sem ela, todo o esforço humano é inútil. OE 70 2 Sempre que o Senhor tem uma obra para ser feita, Ele chama, não somente os oficiais dirigentes, mas todos os obreiros. Ele está atualmente pedindo jovens de ambos os sexos, que sejam fortes e ativos de mente e de corpo. Deseja que tragam para o conflito contra os principados e potestades e as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais, as forças frescas e sãs de seu cérebro e corpo. Mas eles precisam receber o necessário preparo. Estão-se esforçando por ter entrada na obra alguns jovens, que não têm para ela nenhuma aptidão. Não compreendem que precisam ser ensinados antes de poderem ensinar. Apontam para homens que, com pouco preparo, têm trabalhado com certo êxito. Mas, se esses foram bem-sucedidos, foi porque puseram na obra alma e coração. E quão mais eficientes haviam de ser seus labores, se tivessem recebido primeiramente o devido preparo! OE 70 3 A causa de Deus necessita de homens eficientes. A educação e o preparo são considerados essenciais para a vida de negócios; quanto mais essencial é o inteiro preparo para a obra de apresentar ao mundo a última mensagem de misericórdia. Esse não pode ser adquirido meramente por se sentar e ouvir pregações. Nossos jovens devem, em nossas escolas, ter responsabilidades para com o serviço de Deus. Devem ser inteiramente exercitados por mestres de experiência. Devem fazer o melhor emprego possível de seu tempo no estudo, e pôr em prática os conhecimentos adquiridos. Estudo e trabalho árduos são exigidos para tornar um ministro bem-sucedido, ou dar a um obreiro êxito em qualquer ramo da causa de Deus. Coisa alguma senão constante cultivo há de desenvolver o valor dos dotes que Deus outorgou para sábio aperfeiçoamento. OE 71 1 Grande dano é causado aos nossos jovens com o permitir-se-lhes que preguem quando não tem suficiente conhecimento das Escrituras para apresentarem nossa fé inteligentemente. Alguns que entram no campo são noviços nas Escrituras. Também a outros respeitos são incompetentes e ineficientes. Não podem ler a Bíblia sem hesitação, pronunciam mal as palavras, misturando-as de maneira que a Palavra de Deus é prejudicada. Os que não sabem ler corretamente devem aprender a fazê-lo, e tornar-se aptos para ensinar, antes de tentar pôr-se perante o público. OE 71 2 Os professores em nossas escolas são obrigados a aplicar-se acuradamente aos estudos, a fim de se prepararem para instruir a outros. Esses mestres não são aceitos antes de haverem passado por um exame rigoroso, e suas aptidões para ensinar sido provadas por juízes competentes. Não menos cautela se deve ter no exame de ministros; os que estão para entrar na sagrada obra de ensinar a verdade bíblica ao mundo, devem ser cuidadosamente examinados por homens fiéis e experientes. OE 72 1 O ensino em nossas escolas não deve ser como em outros colégios e seminários. Não deve ser de qualidade inferior; o conhecimento essencial para preparar um povo a fim de subsistir no grande dia de Deus, tem de tornar-se o tema todo-importante. Os estudantes devem habilitar-se para servir a Deus, não somente nesta vida, mas também na futura. O Senhor requer que nossas escolas habilitem estudantes para o reino a que se destinam. Assim estarão eles preparados para se unir à santa e feliz harmonia dos remidos. ... OE 72 2 Que os que foram exercitados para o serviço, tomem agora prontamente seu lugar na obra do Senhor. Necessitam-se homens que trabalhem de casa em casa. O Senhor requer que se façam decididos esforços nos lugares em que o povo nada sabe das verdades bíblicas. Cantar, orar e ler a Bíblia nas casas do povo, é coisa necessária. Nossos dias são exatamente o tempo em que se deve obedecer à comissão: "Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado." Mateus 28:20. Os que fazem essa obra devem ser versados nas Escrituras. "Está escrito", deve ser sua arma de defesa. Deus nos tem dado luz sobre Sua Palavra, a fim de que a comuniquemos a nossos semelhantes. A verdade proferida por Cristo há de tocar corações. Um "Assim diz o Senhor" cairá nos ouvidos com poder, e ver-se-ão frutos onde quer que seja feito um serviço sincero. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 535-540. ------------------------Capítulo 12 -- Educação para a obra missionária OE 73 1 "Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. OE 73 2 O trabalho do obreiro cristão não é coisa leve nem sem importância. Ele tem uma alta vocação, a qual tem de modelar e dar cor a toda a sua vida futura. Aquele que se dedica a uma obra tão sagrada, deve empenhar todas as energias em sua realização. Deve pôr alto o alvo; ele não conseguirá nunca uma norma superior à que se propuser atingir. Não pode difundir luz, a menos que a tenha primeiramente recebido ele próprio. Tem de ser aluno, antes de possuir conhecimentos e experiência bastantes para se tornar mestre, capaz de abrir as Escrituras aos que se acham em trevas. Se Deus tem chamado homens para serem cooperadores Seus, é também certo que os convidou para se prepararem o melhor possível para apresentar devidamente as sagradas e enobrecedoras verdades de Sua Palavra. OE 73 3 Aqueles que desejam dedicar-se à obra de Deus, devem receber para a mesma, educação e prática, a fim de que nela se possam empregar inteligentemente. Eles não devem julgar que possam subir imediatamente aos mais elevados degraus da escada; os que querem ter bom êxito precisam começar pelo primeiro degrau, subindo-os um a um. São-lhes assegurados privilégios e oportunidades de aperfeiçoamento, e eles devem fazer todo esforço ao seu alcance a fim de aprender a fazer a obra de Deus de maneira aceitável. OE 74 1 Onde quer que nossos pastores trabalhem, seja na Europa ou na América, devem procurar estimular a mocidade a preparar-se para fazer serviço ativo no grande campo de batalha de Deus. Todos os que professam ser servos de Cristo, têm uma obra a fazer para Ele. A própria palavra "servo" traz a idéia de salário, trabalho e responsabilidade. A todos confiou Deus faculdades para serem empregadas em Seu serviço. Ele deu a cada um sua obra, e requer que toda faculdade seja desenvolvida para Sua glória. O exercício de soldados OE 74 2 Exatamente em frente de nossa tipografia em Basiléia, na Suíça, há um grande parque de muitos hectares, reservados pelo governo para exercícios militares. Aí, dia a dia, em certas épocas do ano, vemos os soldados se exercitando. São treinados em todos os deveres do exército de modo que, em caso de guerra, se achem prontos para a chamada do governo para se empenharem em serviço efetivo. OE 74 3 Certo dia foi trazida para o campo uma bela tenda. Seguiu-se então o exercício em armá-la e desarmá-la. Foram dadas instruções quanto a fazê-lo na devida ordem, tendo cada homem sua tarefa específica. Por várias vezes foi a tenda erguida e desarmada. OE 74 4 Outro grupo trouxe para o campo vários pequenos canhões, e os oficiais deram lições quanto a removê-los prontamente de um lugar para outro, levar à parte a carreta do canhão, preparar este para o uso, e colocar novamente de modo rápido as rodas dianteiras, a fim de tê-lo pronto à ordem de mover-se num momento. OE 74 5 Trouxeram-se ambulâncias para o campo, e o corpo de saúde recebeu instruções quanto ao cuidado dos feridos. Deitaram-se homens sobre macas, e ligaram-lhes a cabeça e os membros como os dos soldados nos campos de batalha. Depois eram postos na ambulância e levados do campo. OE 75 1 Durante horas os soldados são exercitados em se desembaraçar de suas mochilas, e colocá-las de novo rapidamente em si. É-lhes ensinado a ensarilhar armas e tomá-las com rapidez. São exercitados em fazer um ataque contra o inimigo, e treinados em todas as espécies de manobras. OE 75 2 Assim continuam os exercícios preparatórios de homens para todas as emergências. E deveriam aqueles que lutam pelo Príncipe Emanuel ser menos zelosos e diligentes em se preparar para o combate espiritual? Os que se empenham nesta grande obra, devem tomar parte no treino necessário. Precisam aprender a obedecer, antes de estar aptos para mandar. Recursos para o preparo OE 75 3 Deve haver decidido aproveitamento quanto à obra preparatória especial. Em todas as nossas associações deve haver planos bem delineados quanto a instruir e exercitar os que desejam dedicar-se à obra de Deus. Nossas missões nas cidades [estas missões são centros de trabalho estabelecidos nas grandes cidades, em favor dos decaídos e indigentes] oferecem favoráveis oportunidades para que se eduquem quanto ao trabalho missionário; estas, porém, não bastam. Deve haver, em conexão com nossas escolas, os melhores recursos que se possam proporcionar para o preparo de obreiros, quer para os campos nacionais, quer estrangeiros. Deve haver também em nossas igrejas maiores, escolas missionárias especiais para jovens de ambos os sexos, a fim de os habilitar a se tornarem obreiros de Deus. E nossos pastores devem cuidar muito mais em auxiliar e educar jovens obreiros. OE 76 1 Quando se faz esforço para introduzir a verdade num lugar importante, nossos pastores devem dar atenção especial às instruções e preparo daqueles que vão cooperar com eles. Necessitam-se colportores e pessoas capazes de dar estudos bíblicos em casas de família, de maneira que, enquanto o pastor vai trabalhando no que respeita à palavra e à doutrina, estes também possam estar atraindo outros para a verdade. OE 76 2 Nossos pastores que têm ido para lugares importantes para realizar reuniões em tendas, têm cometido muitas vezes erro sério ao dedicar todo o tempo para pregar. Deveria haver menos sermões, e mais ensino -- ensinar o povo e os jovens a trabalhar com êxito. Os pastores devem tornar-se eficientes em ensinar outros a como estudar a Bíblia, e em exercitar a mente e as maneiras dos que se desejam tornar obreiros na causa de Deus. E devem estar prontos a aconselhar e instruir os novos na fé, que aparentemente possuam capacidade para o trabalho do Mestre. ... OE 76 3 Todos os que desejem ser obreiros eficientes devem dedicar muito tempo à oração. A comunicação entre Deus e a alma tem de manter-se livre, a fim de os obreiros poderem reconhecer a voz de seu Comandante. A Bíblia deve ser diligentemente estudada. A verdade de Deus, como ouro, não se acha sempre à superfície; pode ser obtida unicamente mediante atenta meditação e estudo. Este estudo, não somente enriquecerá o espírito com os mais valiosos conhecimentos, como fortalecerá e ampliará a capacidade mental, proporcionando real apreciação das coisas eternas. Sejam os divinos preceitos introduzidos na vida diária; seja a vida modelada segundo a grande norma de Deus quanto à justiça, e todo o caráter será fortalecido e enobrecido. OE 77 1 Quem está buscando habilitar-se para a sagrada obra de Deus, deve cuidar em não se colocar no terreno do inimigo, mas procurar de preferência a companhia dos que o auxiliarão a obter conhecimento divino. Deus permitiu que João, o discípulo amado, fosse exilado em Patmos, onde se achava separado do bulício e da luta do mundo, segregado de toda influência exterior, e até da obra que amava. Então o Senhor podia comungar com ele, apresentando-lhe as cenas finais da história terrestre. João Batista fez sua morada no deserto, para aí receber de Deus a mensagem que devia apresentar -- uma mensagem que iria preparar o caminho para Aquele que havia de vir. OE 77 2 Devemos, na medida do razoável, esquivar-nos a toda influência tendente a distrair-nos a mente da obra de Deus. E especialmente os que são novos na fé e experiência, devem estar atentos para que, confiantes em si mesmos, não se coloquem no caminho da tentação. OE 77 3 Os que lançam mão do serviço devidamente, experimentarão a necessidade de ter Jesus consigo a cada passo, e sentirão que o cultivo do espírito e das maneiras é um dever para consigo mesmos, e exigido por Deus -- dever que é essencial ao êxito da obra. Presunção OE 77 4 Alguns dos que pensam tornar-se obreiros missionários, julgam-se, talvez, tão adiantados, que não necessitam desse exercício particular; os que assim pensam, entretanto, são exatamente os que se acham em maior necessidade de um preparo completo. Quando souberem muito mais quanto à verdade e à importância da obra, reconhecerão sua ignorância e ineficiência. Ao examinarem intimamente o próprio coração, ver-se-ão em tal contraste com o puro caráter de Cristo, que hão de exclamar: "Para essas coisas quem é idôneo?" Então, em profunda humildade, lutarão diariamente para se pôr em íntima ligação com Cristo. Enquanto vencem as inclinações egoístas do coração natural, dirigem seus passos na vereda em que Cristo vai à frente. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Salmos 119:130. Mas os que põem grande estima na própria habilidade e conhecimentos, acham-se tão cheios de importância, que não há oportunidade para que a Palavra de Deus neles penetre, instruindo-os e esclarecendo-os. OE 78 1 Muitos se julgam aptos para uma obra acerca da qual bem pouco conhecem; e se começam a trabalhar confiantes em si mesmos, deixam de receber o conhecimento que precisam obter na escola de Cristo. Estes se acham condenados a lutar com muitas dificuldades, para as quais estão inteiramente desprevenidos. Faltar-lhes-á sempre a experiência e a sabedoria até reconhecerem sua grande ineficiência. OE 78 2 Muito se tem perdido para a causa devido ao trabalho imperfeito de homens, dotados de aptidões, mas que não receberam o devido preparo. Empenharam-se numa obra de cujo manejo não entendiam, e em resultado, pouco chegaram a realizar. Não fizeram a décima parte do que poderiam ter produzido, houvessem eles recebido a necessária disciplina ao princípio. Apoderaram-se de algumas idéias, procuraram assenhorear-se de alguns discursos, e aí findou seu progresso. Sentiram-se aptos para ensinar, quando mal se haviam tornado senhores do a b c no conhecimento da verdade. Têm estado desde então a tropeçar, não correspondendo ao que devem a si mesmos, nem à obra. Não parecem ter bastante interesse para despertar as energias adormecidas, ou ativar as faculdades de modo a se tornarem obreiros eficientes. Não se deram a trabalhos para delinear planos completos e bem combinados, e sua obra apresenta deficiência por toda parte. OE 79 1 Alguns desistiram, possuídos de desânimo, dedicando-se a outra profissão. Houvessem eles colocado, paciente e humildemente, os pés nos primeiros degraus da escada, e depois, com perseverante energia, subindo degrau a degrau, desenvolvendo diligentemente os privilégios e oportunidades ao seu alcance, ter-se-iam tornado obreiros úteis, aprovados para o ministério, e de quem o Mestre Se não haveria de envergonhar. OE 79 2 Se os que se propõem a trabalhar pela salvação das almas, se estribam em sua própria, finita sabedoria, hão de certamente fracassar. Se alimentarem de si mesmos conceito humilde, confiando inteiramente nas promessas de Deus, Ele nunca lhes faltará. "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas." Provérbios 3:5, 6. Temos o privilégio de ser dirigidos por um sábio Conselheiro. OE 79 3 Deus pode tornar homens humildes, poderosos em Seu serviço. Aqueles que atendem obedientemente ao chamado do dever, desenvolvendo o mais possível suas aptidões, podem estar certos de receber divina assistência. Os anjos virão como mensageiros de luz para ajudar os que fazem o possível de sua parte, e depois confiam em que Deus coopere com seus esforços. OE 79 4 Todos os que têm decidido tornar-se obreiros de Deus, devem ter gravado no espírito o fato de que precisam dar provas de ser homens convertidos. Um jovem que não possua caráter são, virtuoso, não honrará a verdade. Todo obreiro deve ser limpo de coração; em sua boca não se deve achar engano. Deve ter em mente que, para ser bem-sucedido, tem de ter Cristo a seu lado, e que toda prática pecaminosa, embora oculta, se acha aberta aos olhos dAquele com quem temos de tratar. OE 80 1 O pecado manchou a imagem divina no homem. Por meio de Cristo ela pode ser restaurada, mas é apenas mediante sincera oração e a conquista do próprio eu que nos podemos tornar participantes da natureza divina. ... OE 80 2 Os verdadeiros obreiros na vinha do Senhor serão homens de oração, fé e abnegação -- homens que mantêm em sujeição os apetites e paixões naturais. Esses hão de dar em sua vida demonstrações do poder da verdade que apresentam aos outros; e seus labores não serão sem resultado. OE 80 3 O obreiro deve estar preparado para pôr em exercício as mais altas energias mentais e morais com as quais a Natureza, o cultivo e a graça de Deus o tenham dotado; mas seu êxito será proporcional ao grau de consagração e sacrifício no qual é feita a obra, e não aos dotes naturais ou adquiridos. São necessários os mais fervorosos e contínuos esforços por adquirir habilitações para a utilidade; mas a menos que Deus opere com os esforços humanos, coisa alguma se poderá realizar. Disse Cristo: "Sem Mim, nada podeis fazer." A graça divina é o grande elemento do poder salvador; sem ela todos os esforços humanos são de nenhum valor. -- Testemunhos Seletos 2:228. ------------------------Capítulo 13 -- Jovens como missionários OE 81 1 Os jovens que desejam entrar no campo como pastores ou colportores, devem primeiro obter razoável grau de preparo mental, bem como ser especialmente exercitados para sua carreira. Os que não foram educados, exercitados, polidos, não se acham preparados para entrar num campo onde as poderosas influências do talento e da educação combatem as verdades da Palavra de Deus. Tampouco podem enfrentar com êxito as estranhas formas de erros religiosos e filosóficos associados, cuja exposição requer conhecimento de verdades científicas, bem como escriturísticas. OE 81 2 Especialmente os que têm em vista o ministério, devem sentir a importância do método escriturístico do preparo ministerial. Devem entrar de coração na obra, e, enquanto estudam na escola, devem aprender do grande Mestre a mansidão e a humildade de Cristo. Um Deus que guarda o concerto prometeu que, em resposta à oração, derramará Seu Espírito sobre esses discípulos da escola de Cristo, a fim de que se tornem ministros da justiça. OE 81 3 Árduo é o trabalho por fazer-se para desalojar da mente o erro e a falsa doutrina, para que a verdade e a religião bíblicas possam achar lugar no coração. Foi como um meio ordenado por Deus para educar jovens de ambos os sexos para os vários ramos da obra missionária, que se estabeleceram colégios entre nós. Não é o desígnio de Deus que eles enviem apenas uns poucos, mas muitos obreiros. Satanás, porém, decidido a impedir esse desígnio, tem-se apoderado exatamente daqueles a quem o Senhor havia de habilitar para lugares de utilidade em Sua obra. Muitos há que haveriam de trabalhar, se incitados a entrar no serviço, e que salvariam a própria alma mediante esse trabalho. A igreja deve sentir sua grande responsabilidade quanto a encerrar a luz da verdade, e restringir a graça de Deus dentro de seu estreito âmbito, quando dinheiro e influência deveriam ser liberalmente empregados para enviar pessoas competentes às Missões. OE 82 1 Centenas de jovens deviam ter-se preparado para desempenhar um papel na obra de espalhar a semente da verdade junto a todas as águas. Queremos homens que impulsionem os triunfos da cruz; homens que perseverem sob o desânimo e as privações; que possuam o zelo e a fé indispensáveis no campo missionário. ... Línguas estrangeiras OE 82 2 Há entre nós pessoas que, sem a fadiga e demora da aprendizagem de outro idioma, se poderiam habilitar para proclamar a verdade a outras nações. Na igreja primitiva, os missionários eram miraculosamente dotados do conhecimento de outras línguas, nas quais eram chamados a pregar as insondáveis riquezas de Cristo. E se Deus estava pronto a ajudar assim Seus servos naquele tempo, podemos nós duvidar de que Sua bênção repousará sobre nossos esforços para habilitar os que possuem conhecimento natural de línguas estrangeiras, e, com o devido incentivo, haveriam de apresentar a seus próprios conterrâneos a mensagem da verdade? Poderíamos ter tido mais obreiros em campos missionários estrangeiros, houvessem os que penetraram nesses campos se aproveitado de todos os talentos ao seu alcance. ... OE 82 3 Em certos casos talvez seja necessário que jovens aprendam línguas estrangeiras. Isso podem eles fazer com maior sucesso mediante o convívio com o povo, e ao mesmo tempo, dedicando parte de cada dia ao estudo da língua. Isso se deveria fazer apenas como um necessário passo preparatório para educar os que se encontram nos campos missionários, e que, com o devido preparo, se podem tornar obreiros. É essencial que se estimulem ao serviço aqueles que se podem dirigir na língua materna ao povo de outras nações. OE 83 1 Grande empreendimento é para um homem de meia-idade aprender uma nova língua; e com todos os seus esforços, será quase impossível que a fale tão pronta e corretamente que se torne obreiro eficiente. Não podemos privar nossas missões nacionais da influência dos pastores de meia-idade ou idosos, para os enviar a campos distantes a fim de se empenharem numa obra para que não estão habilitados, e à qual nunca se adaptarão por mais que se esforcem. Os homens assim enviados deixam vagas que os obreiros inexperientes não podem preencher. Jovens necessários em lugares difíceis OE 83 2 A igreja talvez indague se a jovens podem ser confiadas as sérias responsabilidades envolvidas no estabelecimento e direção de uma missão estrangeira. Respondo: Deus designou que fossem preparados em nossos colégios e mediante a associação no trabalho com homens experientes, de maneira que estejam preparados para ocupar lugares de utilidade nesta causa. OE 83 3 Cumpre-nos mostrar confiança em nossos jovens. Devem eles ser pioneiros em todo empreendimento que exija fadiga e sacrifício, ao passo que os sobrecarregados servos de Cristo devem ser prezados como conselheiros, para animar e abençoar os que têm de desferir os mais pesados golpes em favor de Deus. A providência colocou esses pais cheios de experiência em posições probantes, de responsabilidade, quando mais moços, não tendo ainda suas faculdades físicas nem intelectuais atingido desenvolvimento completo. A magnitude do encargo que lhes era confiado despertou-lhes as energias, seu ativo labor na obra ajudou-lhes o desenvolvimento físico e mental. OE 84 1 Há necessidade de moços. Deus os chama para os campos missionários. Achando-se relativamente livres de cuidados e responsabilidades, estão em condições mais favoráveis para se empenharem na obra, do que os que têm de prover o sustento e educação de grande família. Demais, os moços se podem mais facilmente adaptar a sociedades e climas novos, sendo mais aptos a suportar incômodos e fadigas. Com tato e perseverança, podem pôr-se em contato com o povo. OE 84 2 As forças são produzidas pelo exercício. Todos os que se servem das aptidões que Deus lhes deu, terão crescentes habilidades para consagrar ao serviço dEle. Os que nada fazem, na causa de Deus, deixarão de crescer em graça e no conhecimento da verdade. O homem que se deitasse, recusando servir-se dos membros, perderia em breve a faculdade de utilizá-los. Assim o cristão que não exercita as aptidões concedidas por Deus, não somente deixa de crescer em Cristo, mas perde as forças que já possuía; torna-se um paralítico espiritual. OE 84 3 Quem com amor a Deus e ao próximo, se esforça por ajudar outros, é que se torna firme, forte, estável na verdade. O verdadeiro cristão trabalha para Deus, não por impulso, mas por princípio; não um dia ou um mês, mas toda a vida. ... OE 84 4 O Mestre pede obreiros evangélicos. Quem responderá? Nem todos os que entram para o exército chegam a ser generais, capitães, sargentos ou mesmo cabos. Nem todos têm o cuidado e a responsabilidade de dirigentes. Há duros trabalhos de outras espécies para serem feitos. Uns devem cavar trincheiras e construir fortificações; outros, ocupar o lugar de sentinelas, e outros, ainda, levar mensagens. Conquanto haja poucos oficiais, são necessários muitos soldados para formar as linhas e fileiras do exército; todavia o êxito depende da fidelidade de cada soldado. A covardia ou a traição de um só homem pode produzir a derrota do exército inteiro. ... OE 85 1 Aquele que designou "a cada um a sua obra" (Marcos 13:34), segundo suas aptidões, jamais deixará ficar sem recompensa o fiel cumprimento de um dever. Cada ato de lealdade e de fé será coroado de testemunhos especiais do favor e aprovação de Deus. A todo obreiro é feita a promessa: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo seus molhos." Salmos 126:6. -- Testimonies for the Church 5:390-395. OE 85 2 Muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel em seu lar judaico, estudando a palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembléias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos paços reais, como testemunhas do Rei dos reis. Multidões serão chamadas para um serviço mais amplo. O mundo inteiro está-se abrindo para o evangelho. A Etiópia está estendendo as mãos para Deus. Do Japão, China e Índia, das terras ainda obscuras de nosso próprio continente, de toda parte de nosso mundo, vem o clamor de corações feridos em seu anelo de conhecimento do Deus de amor. -- Educação, 262. ------------------------Capítulo 14 -- Os obreiros e a educação da voz OE 86 1 Em todo o nosso trabalho ministerial, dever-se-ia dar mais atenção ao cultivo da voz. Podemos ter conhecimentos, mas a menos que saibamos servir-nos corretamente da voz, nossa obra será um fracasso. Se não soubermos revestir nossas idéias com a linguagem apropriada, de que nos aproveitará a educação? O saber de pouco proveito nos será, a menos que cultivemos o talento da palavra; ele será, entretanto, maravilhoso poder, quando unido à capacidade de proferir palavras sábias e edificantes, e proferi-las de maneira a cativar a atenção. OE 86 2 Os estudantes que desejam tornar-se obreiros na causa de Deus, devem ser exercitados em falar clara e incisivamente, do contrário serão prejudicados em metade da influência que poderiam exercer para bem. A habilidade de falar com simplicidade e clareza, em acentos sonoros, é inapreciável em qualquer ramo da obra. Essa qualidade é indispensável nos que desejam tornar-se pastores, evangelistas, obreiros bíblicos, ou colportores. Os que pretendem ingressar em qualquer desses ramos de trabalho, devem aprender a usar a voz de maneira tal que, ao falarem ao povo acerca da verdade, se produza uma decidida impressão para bem. A verdade não deve sofrer detrimento por ser enunciada de maneira imperfeita. OE 86 3 O colportor capaz de falar clara e distintamente sobre o livro que deseja vender, verá ser isso de grande utilidade em sua obra. Poderá ter oportunidade de ler um capítulo do livro e, mediante a melodia de sua voz e a ênfase que sabe dar às palavras, será capaz de fazer a cena descrita surgir perante a imaginação do ouvinte tão distintamente como se ele em realidade a visse. OE 87 1 Aquele que dá estudos bíblicos na congregação ou a famílias, deve ser capaz de ler com voz branda e harmoniosa cadência, de modo a se tornar aprazível aos ouvintes. OE 87 2 Os ministros do evangelho devem saber falar com vigor e expressão, tornando as palavras da vida eterna tão expressivas e impressivas, que os ouvintes não possam deixar de lhes sentir a força. Sinto-me penalizada ao ouvir a imperfeita enunciação de muitos de nossos pastores. Tais pastores roubam a Deus a glória que poderia receber se eles se houvessem exercitado em falar a palavra com poder. Corrigir os defeitos OE 87 3 Homem algum deverá julgar-se habilitado a entrar para o ministério, enquanto não houver, mediante perseverantes esforços, corrigido todos os defeitos de sua enunciação. Se ele tentar falar ao povo sem conhecer a maneira de usar o talento da palavra, metade de sua influência ficará perdida, pois pequena será sua capacidade de prender a atenção de um auditório. OE 87 4 Seja qual for sua vocação, cada pessoa deve aprender a servir-se da palavra, de maneira que, havendo qualquer coisa que não esteja bem, ela não venha a falar em tom que desperte os piores sentimentos do coração. Demasiadas vezes o que fala e o que ouve falam áspera e bruscamente. Palavras incisivas, autoritárias, proferidas em tom duro e cortante, têm separado amigos e resultado em perda de almas. ... OE 87 5 Nas reuniões sociais, faz-se mister uma enunciação clara e distinta, a fim de que todos possam ouvir os testemunhos dados e tirem deles benefícios. Quando, nas reuniões sociais, o povo de Deus relata suas experiências, são removidas dificuldades e proporcionado auxílio. Mas muitas vezes os testemunhos são expressos mal e indistintamente, e é impossível compreender perfeitamente o que foi dito. E assim se perde muitas vezes a bênção. OE 88 1 Os que oram e falam pronunciem bem as palavras e falem com clareza, em tons distintos. Quando feita no devido modo, a oração é uma força para o bem. É uma das maneiras empregadas pelo Senhor para comunicar ao povo os preciosos tesouros da verdade. Ela não se torna, porém, o que devia, por causa da imperfeição com que é proferida. Satanás regozija-se quando as orações feitas a Deus são quase inaudíveis. OE 88 2 Que o povo de Deus aprenda a falar e a orar de maneira a representar devidamente as grandes verdades que possuem. Os testemunhos dados e as orações feitas sejam claros e distintos. Assim Deus será glorificado. Que cada um faça o máximo possível com o talento da palavra. OE 88 3 Deus pede um ministério mais elevado e perfeito. Ele é desonrado pela imperfeita enunciação da pessoa que, mediante laborioso esforço, poder-se-ia tornar um aceitável porta-voz Seu. A verdade é muitas vezes prejudicada pelo veículo que a transmite. OE 88 4 O Senhor roga a todos quantos se acham ligados com o Seu serviço, que dêem atenção ao cultivo da voz, a fim de poderem enunciar de maneira aceitável as grandes e solenes verdades que lhes tem confiado. Que ninguém prejudique a verdade devido a uma locução imperfeita. Não pensem os que têm negligenciado o cultivo do talento da palavra, que se acham qualificados para pastores; pois falta-lhes obter a faculdade de comunicar as idéias. Enunciação distinta OE 88 5 Quando falardes, fazei com que cada palavra seja pronunciada em cheio, com clareza, cada sentença distinta, de princípio a fim. Muitos há que, ao se aproximarem do fim da sentença, abaixam o tom da voz, falando tão indistintamente, que a força do pensamento fica anulada. As palavras que valem de algum modo a pena ser proferidas, merecem ser ditas em voz clara e distinta, com acento e expressão. Nunca, no entanto, procureis palavras que dêem a impressão de serdes eruditos. Quanto maior for vossa simplicidade, mais bem compreendidas serão vossas palavras. OE 89 1 Jovens, de ambos os sexos: Pôs Deus em vosso coração o desejo de servi-Lo? Então, por todos os meios, cultivai a voz o máximo que vos seja possível, de maneira que possais tornar clara a verdade para os outros. Não formeis o hábito de orar tão indistintamente e em voz tão baixa, que se faça mister um intérprete para vossas orações. Orai com simplicidade, mas clara e distintamente. Deixar a voz baixar tanto que não possa ser ouvida, não é indício de humildade. OE 89 2 Eu desejaria dizer aos que pretendem entrar no serviço de Deus como pastores: "Esforçai-vos resolutamente por adquirir locução perfeita. Pedi a Deus que vos ajude a conseguir esse elevado objetivo. Quando fizerdes oração na igreja, lembrai-vos de que vos estais dirigindo a Deus, e Ele deseja faleis de maneira que todos quantos se acharem presentes possam ouvir e juntar às vossas as suas súplicas. Uma prece proferida tão apressadamente que as palavras são confundidas, não honra a Deus, nem beneficia os ouvintes. Que os pastores e todos os que fazem oração pública aprendam a fazê-lo de maneira que Deus seja glorificado, e os ouvintes abençoados. Falem devagar e com clareza, e em tom alto bastante para serem ouvidos por todos, de modo que o povo se possa unir ao dizer o Amém. -- Testimonies for the Church 6:380-383. OE 90 1 Alguns de nossos mais talentosos pastores estão causando grande dano a si mesmos por sua maneira defeituosa de falar. Ao passo que ensinam ao povo seu dever de obedecer à lei moral de Deus, não devem ser achados a violar as leis do Senhor com respeito à saúde e à vida. Os pastores devem manter-se eretos, falar devagar, com firmeza e distintamente, inspirando profundamente o ar a cada sentença, e emitindo as palavras com o auxílio dos músculos abdominais. Se observarem esta regra simples, atendendo às leis da saúde em outros sentidos, poderão conservar a vida e a utilidade por muito mais tempo que o podem fazer os homens em qualquer outra profissão. O peito tornar-se-á mais amplo, e... o orador raramente fica rouco, mesmo falando continuamente. Em vez de ficarem enfraquecidos, os ministros podem, mediante cuidado, vencer qualquer tendência para o definhamento. OE 90 2 A menos que os pastores se eduquem, de maneira a falarem em harmonia com a lei física, hão de sacrificar a vida, e muitos lamentarão a perda "desses mártires da causa da verdade"; quando o caso é que, condescendendo com hábitos errôneos, eles se prejudicaram a si próprios e à verdade que representavam, e roubaram a Deus e ao mundo do serviço que poderiam haver prestado. Seria do agrado de Deus que vivessem, mas eles se suicidaram pouco a pouco. OE 90 3 A maneira em que a verdade é apresentada tem freqüentemente muito que ver com o ser ela aceita ou rejeitada. Todos os que trabalham na grande causa da reforma devem estudar a fim de se tornarem obreiros eficientes, para que possam realizar a maior soma possível de bem, e não subtrair da força da verdade por suas deficiências. OE 91 1 Os pastores e mestres devem disciplinar-se para uma pronúncia clara e distinta, fazendo soar perfeitamente cada palavra. Os que falam rapidamente da garganta, misturando as palavras entre si, e elevando a voz a um diapasão fora do natural, dentro em pouco enrouquecem, e as palavras proferidas perdem metade da força que teriam se proferidas devagar, com clareza, e não tão alto. A simpatia dos ouvintes se desperta em favor do orador; pois sentem que ele se está violentando, e receia que a qualquer momento fique impossibilitado de prosseguir. Não é nenhuma demonstração de que um homem possui zelo de Deus o subir ele a um frenesi de excitação e gestos. "O exercício corporal", diz o apóstolo, "para pouco aproveita." 1 Timóteo 4:8. OE 91 2 O Salvador do mundo quer que Seus colaboradores O representem; e quanto mais de perto um homem andar com Deus, tanto mais impecável será sua maneira de dirigir a outros, sua conduta, atitude e gestos. Maneiras vulgares, sem polidez, nunca se viram em nosso modelo, Jesus Cristo. Ele era um representante do Céu, e Seus seguidores devem ser como Ele. OE 91 3 Alguns raciocinam que o Senhor há de habilitar a pessoa, mediante Seu Santo Espírito, para falar segundo a Sua vontade; Ele, porém, não Se propõe fazer a obra que deu aos homens. Deu-nos capacidade de raciocínio, e oportunidades para educar o espírito e as maneiras. E depois de havermos feito tudo que nos seja possível em nosso próprio benefício, empregando da melhor maneira as vantagens que se acham ao nosso alcance, então podemos volver-nos para Deus em fervorosa oração, para que faça por meio de Seu Espírito aquilo que nós mesmos não podemos conseguir. -- Testimonies for the Church 4:404, 405. ------------------------Capítulo 15 -- "Estuda para te mostrares... aprovado" OE 92 1 A causa de Deus necessita de homens eficientes; homens preparados para fazerem o serviço de mestres e pregadores. Homens de pouco preparo escolar têm trabalhado com certa medida de êxito; teriam conseguido, porém, maior sucesso ainda e sido obreiros mais eficientes, se houvessem recebido já desde o princípio disciplina mental. OE 92 2 A Timóteo, ministro jovem, escreveu o apóstolo Paulo: "Estuda para te mostrares a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." 2 Timóteo 2:15. A obra de ganhar almas para Cristo, exige cuidadoso preparo. Não se deve entrar para o serviço do Senhor, sem a necessária instrução, e esperar o maior êxito. Os mecânicos, os advogados, os comerciantes, os homens de todas as atividades e profissões, são educados para o ramo de atividade que esperam seguir. É seu propósito tornarem-se o mais eficientes possível. Dirigi-vos à modista ou costureira, e ela vos dirá quanto tempo lidou até se tornar senhora de seu ofício. O arquiteto vos dirá quanto tempo levou para compreender a maneira de planejar uma construção elegante e cômoda. E o mesmo se dá com todas as carreiras a que os homens se dediquem. OE 92 3 Deveriam os servos de Cristo mostrar menos diligência em preparar-se para uma obra infinitamente mais importante? Deveriam ser ignorantes dos meios e modos a se empregarem para ganhar almas? Requer conhecimento da natureza humana, acurado estudo, meditação, e fervorosa oração saber como aproximar-se de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito a seu bem-estar eterno. OE 93 1 Não poucos dentre os que têm sido chamados para cooperar com o Mestre, têm deixado de aprender seu mister. Têm desonrado o Redentor entrando na Sua obra sem o necessário preparo. Alguns há que, enfadados com o falso verniz a que o mundo chama refinamento, têm passado ao extremo oposto, tão nocivo quanto o primeiro. Recusam-se a receber o polimento e refinamento que Cristo deseja Seus filhos possuam. O ministro deve lembrar que é educador, e se nas maneiras e linguagem se mostra vulgar e sem polidez, os que possuem menos conhecimentos e experiência seguirão a mesma trilha. Conhecimento superficial OE 93 2 Um jovem ministro nunca deve ficar satisfeito com um conhecimento superficial da verdade, pois não sabe onde se lhe exigirá que testemunhe em favor de Deus. Muitos terão de comparecer perante reis e doutos da Terra, a fim de responderem por sua fé. Aqueles que possuem compreensão apenas superficial da verdade, não têm sido obreiros que não têm do que envergonhar-se. Ficarão confundidos, e não serão capazes de explicar claramente as Escrituras. OE 93 3 Fato lamentável é que o progresso da causa seja prejudicado pela falta de obreiros instruídos. Muitos carecem de requisitos morais e intelectuais. Eles não exercitam a mente, não cavam em busca dos tesouros ocultos. Visto que apenas tocam a superfície, adquirem unicamente o conhecimento que à superfície se encontra. OE 93 4 Pensam os homens que hão de ser capazes de, sob a pressão das circunstâncias galgar a posições importantes, quando têm negligenciado o preparar-se e disciplinar-se para a obra? Imaginarão que podem ser instrumentos polidos nas mãos de Deus para a salvação das almas, se não têm aproveitado as oportunidades que lhes foram oferecidas a fim de se habilitar para a obra? A causa de Deus pede homens completos, capazes de compreender, planejar, construir e organizar. E os que apreciam as probabilidades e possibilidades da obra para este tempo, buscarão, mediante estudo acurado, obter todo o conhecimento que lhes seja possível da Palavra, para ajudar as almas necessitadas, enfermas de pecado. OE 94 1 Um ministro nunca deve julgar que já aprendeu bastante, podendo agora afrouxar os esforços. Sua educação deve continuar por toda a vida, cada dia ele deve estar aprendendo, e pondo em prática os conhecimentos adquiridos. OE 94 2 Que os que se estão preparando para o ministério não esqueçam nunca que o preparo do coração é, de todo, o mais importante. Soma alguma de cultura intelectual ou preparo teológico o pode substituir. Os brilhantes raios do Sol da Justiça têm de brilhar no coração do obreiro, purificando-lhe a vida, antes de a luz vinda do trono de Deus poder, por intermédio deles, brilhar para os que se acham em trevas. OE 94 3 Durante a noite passaram perante mim muitas cenas, e tornaram-se claros muitos pontos relativos à obra que temos a fazer para nosso Mestre, o Senhor Jesus cristo. Alguém, cheio de autoridade, proferiu as palavras, e procurarei repetir em palavras finitas as instruções dadas relativamente à obra a ser feita. Disse o Mensageiro celestial: OE 94 4 O ministério está-se enfraquecendo devido a estarem assumindo a responsabilidade de pregar homens que não receberam o necessário preparo para essa obra. Muitos têm cometido um erro em receber credenciais. Eles terão de empreender uma obra para a qual se achem mais aptos do que a pregação da palavra. Estão sendo pagos do dízimo, mas seus esforços são fracos, e não devem continuar a ser pagos desse fundo. Em muitas maneiras o ministério está perdendo seu caráter sagrado. OE 95 1 Os que são chamados ao ministério da palavra devem ser obreiros leais, abnegados. Deus pede homens que compreendam que devem desenvolver esforço fervoroso, homens que ponham em seu trabalho reflexão, zelo, prudência, capacidade, e os atributos do caráter de Cristo. A salvação de almas é obra vasta, e requer o emprego de todo talento, todo dom da graça. Aqueles que nela se empenham devem constantemente crescer em eficiência. Devem possuir desejo fervoroso de robustecer suas faculdades, sabendo que elas se enfraquecerão sem uma provisão sempre crescente de graça. Cumpre-lhes buscar atingir em sua obra maiores e sempre maiores resultados. Quando nossos obreiros assim fizerem, ver-se-ão os frutos. Ganhar-se-ão muitas almas para a verdade. OE 95 2 Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos. A santidade, ou seja, a semelhança com Deus, é o alvo a ser atingido. À frente do estudante existe aberta a senda de um contínuo progresso. Ele tem um objetivo a realizar, uma norma a alcançar, os quais incluem tudo que é bom, puro e nobre. Ele progredirá tão depressa, e tanto, quanto for possível em cada ramo de verdadeiro conhecimento. -- Educação, 18. ------------------------Capítulo 16 -- A colportagem como educação para o ministério OE 96 1 Um dos melhores modos de um jovem poder se habilitar para o ministério, é entrar para o campo da colportagem. Que ele entre em vilas e cidades, colportando com os livros que encerram a mensagem para este tempo. Nesta obra encontrarão oportunidade de falar as palavras da vida, e as sementes da verdade que semeiam hão de brotar para produzir frutos. Pondo-se em contato com o povo e apresentando-lhe nossas publicações, hão de adquirir uma experiência que não poderiam alcançar pregando. OE 96 2 Quando jovens entram para o campo da colportagem cheios de intenso desejo de salvar seus semelhantes, segar-se-á para o Senhor uma messe, em resultado de seus esforços. Que saiam, pois, como missionários para proclamar a verdade presente, orando constantemente por progressiva luz, e pela guia do Espírito, a fim de que saibam dirigir a seu tempo palavras aos cansados. Que aproveitem toda oportunidade para praticar atos de bondade, lembrando-se de que estão em missão do Senhor. OE 96 3 Todos quantos desejam uma oportunidade para o verdadeiro ministério, e entregam-se sem reservas a Deus, encontrarão na obra da colportagem ocasião de falar sobre muitas coisas pertinentes à vida futura e imortal. A experiência assim adquirida será do maior valor para os que se estão habilitando para o ministério. OE 96 4 A companhia do Espírito Santo de Deus é que prepara obreiros, tanto homens como mulheres, para se tornarem pastores do rebanho de Deus. À medida que animarem o pensamento de que Cristo é seu companheiro, sentirão por entre todas as suas probantes experiências um santo respeito, uma sagrada alegria. Aprenderão a orar enquanto trabalham. Serão exercitados na paciência, na bondade, afabilidade e espírito de serviço. Exercitarão a verdadeira cortesia cristã, tendo presente que Cristo, seu companheiro, não pode aprovar palavras e sentimentos ásperos, desagradáveis. Suas palavras serão purificadas. A faculdade de falar será considerada um talento precioso, a eles emprestado para a realização de uma obra elevada e santa. OE 97 1 O agente humano aprenderá a representar o divino Companheiro com quem se acha ligado. A esse invisível e santo Ser, mostrará respeito e reverência, pois está levando sobre si o Seu jugo, e aprendendo Seus caminhos puros e santos. Os que tiverem fé nesse divino Auxiliador, se hão de desenvolver. Serão dotados de poder para revestir de sagrada beleza a mensagem da verdade. -- Testemunhos Seletos 2:541. OE 97 2 Prossegui, jovens, em conhecer ao Senhor, e sabereis que "como a alva será a Sua saída". Oséias 6:3. Procurai desenvolver-vos continuamente. Esforçai-vos fervorosamente por manter estreitas relações com o Redentor. Vivei em Cristo pela fé. Fazei a obra que Ele fazia. Vivei para salvação das almas por quem Ele deu Sua vida. Buscai ajudar por todos os meios aqueles com quem chegardes em contato. ... Conversai com vosso Irmão mais velho, o qual completará vossa educação, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Uma íntima ligação com Aquele que Se ofereceu a Si mesmo em sacrifício para salvar um mundo a perecer, tornar-vos-á obreiros aceitáveis. -- Testimonies for the Church 6:416. ------------------------Capítulo 17 -- O estudo da Bíblia é necessário à eficiência OE 98 1 Os jovens que desejam dedicar-se ao ministério, ou que já o fizeram, devem familiarizar-se com todos os pontos da história profética, e todas as lições dadas por Cristo. A mente ganha em vigor, amplitude e penetração pelo emprego ativo. Tem de trabalhar, ou enfraquecerá. É preciso exercitá-la em pensar, pensar habitualmente, ou perderá em grande medida a capacidade de fazê-lo. Que o ministro jovem lute com os difíceis problemas que se encontram na Palavra de Deus, e seu intelecto todo despertará. À medida que estuda diligentemente as grandes verdades que se acham nas Escrituras, será habilitado a pregar sermões que encerrem uma mensagem direta, definida, que ajudará os ouvintes a escolherem o caminho certo. OE 98 2 O ministro que se arrisca a ensinar a verdade possuindo apenas leves noções da Palavra de Deus, ofende o Espírito Santo. Mas aquele que principia com pequeno conhecimento, e diz o que sabe, buscando ao mesmo tempo mais conhecimentos, tornar-se-á apto para uma obra maior. Quanto mais luz adquirir para sua própria alma, maior iluminação celeste será capaz de comunicar aos outros. OE 98 3 Não há necessidade de fraqueza no ministério. A mensagem da verdade que apresentamos é todo-poderosa. Mas muitos ministros não aplicam o cérebro à tarefa de estudar as coisas profundas de Deus. Se esses quiserem poder em seu serviço, obtendo experiência que os habilite a ajudar a outros, precisarão vencer seus hábitos indolentes no tocante a pensar. Ponham os ministros o coração inteiro na tarefa de pesquisar as Escrituras, e advir-lhes-á novo poder. Um elemento divino une-se ao esforço humano quando a alma se alça em busca de Deus; e o coração compassivo pode dizer: "Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dEle vem a minha esperança." Salmos 62:5. OE 99 1 Os ministros que quiserem ser obreiros eficientes quanto à salvação das almas, têm de ser estudantes da Bíblia, e homens de oração. É pecado negligenciar o estudo da Palavra, ao mesmo tempo que se tenta ensiná-la a outros. Os que sentem o valor das almas, compreendem que há demasiado em jogo, para que ousem ser negligentes em buscar progredir no conhecimento divino, e refugiam-se na fortaleza da verdade, onde podem obter sabedoria, conhecimentos, e forças para fazer as obras de Deus. Não descansarão sem uma unção do alto. OE 99 2 Quando o obreiro faz da Palavra de Deus um companheiro constante, adquire crescente habilidade para o serviço. Avançando continuamente no conhecimento, torna-se cada vez mais apto para representar a Cristo. É fortalecido na fé, e pode apresentar aos incrédulos uma prova da plenitude da graça e do amor que há em Cristo. Sua mente é um tesouro, de onde pode tirar para suprir as necessidades de outros. Pela operação do Espírito Santo, a verdade é-lhe gravada na mente, e aqueles a quem a comunica, e pelos quais tem de dar contas um dia, são grandemente abençoados. Aquele que dessa maneira obtém o preparo para o ministério, faz jus à recompensa prometida aos que encaminham a muitos para a justiça. OE 99 3 A leitura de obras sobre a nossa fé, dos argumentos da pena de outros, é um excelente e importante auxílio; mas isso não proporcionará à mente o maior vigor. A Bíblia é o melhor livro do mundo para comunicar cultura intelectual. Seu estudo ativa a mente, robustece a memória e aguça o intelecto mais do que o estudo de quantas matérias abrange a filosofia humana. Os grandes temas que ela apresenta, a digna simplicidade com que esses temas são tratados, a luz derramada sobre os grandes problemas da vida, comunicam força e vigor ao entendimento. OE 100 1 No grande conflito que se acha perante nós, quem quiser manter-se fiel a Cristo, tem de se aprofundar para além das opiniões e doutrinas dos homens. Minha mensagem aos ministros, jovens e velhos, é esta: Mantende ciosamente vossas horas de oração, de estudo da Bíblia, de exame de vós mesmos. Separai uma parte de cada dia para o estudo das Escrituras e a comunhão com Deus. Assim obtereis força espiritual, e crescereis no favor de Deus. Ele somente vos pode dar nobres aspirações; Ele, unicamente, é capaz de modelar o caráter segundo a semelhança divina. Aproximai-vos dEle em fervorosa oração, e Ele vos encherá o coração de elevados e santos propósitos, e de profundos e sinceros desejos de pureza e serenidade de pensamento. OE 100 2 O verdadeiro conhecimento da Bíblia só se pode obter pelo auxílio daquele Espírito pelo qual a Palavra foi dada. E a fim de obter esse conhecimento, devemos viver por ele. A tudo que a Palavra de Deus ordena, devemos obedecer. Tudo que promete, podemos reclamar. A vida que recomenda, é a que pelo seu poder, podemos viver. Unicamente quando a Bíblia é tida em tal consideração, poderá ela ser estudada eficientemente. -- Educação, 188. ------------------------Capítulo 18 -- Ministros jovens trabalhando com ministros mais idosos OE 101 1 A fim de adquirir o preparo para o ministério, os jovens devem estar ligados aos ministros mais idosos. Os que obtiveram experiência no serviço ativo, devem levar consigo para as searas, obreiros jovens e inexperientes, ensinando-os a trabalhar com êxito para a conversão de almas. Bondosa e afetuosamente esses obreiros mais velhos devem ajudar os mais novos a prepararem-se para a obra à qual o Senhor os pode chamar. E os moços que se estão preparando devem respeitar os conselhos de seus instrutores, honrando-lhes a devoção, e lembrando que seus anos de labor lhes têm dado sabedoria. OE 101 2 Sábios são os conselhos dados por Pedro aos oficiais de igreja e Associações, nas seguintes palavras: "Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória. Semelhantemente vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." 1 Pedro 5:2-5. OE 101 3 Que os obreiros mais idosos sejam educadores, mantendo-se a si mesmos sob a disciplina de Deus. Que os jovens sintam ser um privilégio estudar sob a direção de obreiros mais velhos, e tomem toda a responsabilidade compatível com sua mocidade e experiência. Assim educava Elias a mocidade de Israel nas escolas dos profetas; e os moços hoje em dia devem ter idêntico preparo. Não é possível indicar em todos os particulares a parte que a juventude deve desempenhar; mas cumpre que seja fielmente instruída pelos obreiros mais velhos, e ensinada a olhar sempre para Aquele que é o autor e consumador de nossa fé. OE 102 1 O apóstolo Paulo viu a importância de exercitar obreiros mais moços. Depois de fazer uma viagem missionária, ele e Barnabé tornaram a passar pelos mesmos lugares, e visitaram as igrejas que haviam organizado, escolhendo homens que podiam unir com eles próprios, a fim de os preparar para a obra de proclamar o evangelho. OE 102 2 Paulo tornou parte de sua obra o educar moços para o ministério evangélico. Levava-os consigo em suas viagens missionárias, e assim adquiriram uma experiência que os habilitou mais tarde a ocupar posições de responsabilidade. Deles separado, conservou-se em contato com sua obra, e suas cartas a Timóteo e a Tito são uma demonstração de quão profundo era seu desejo de que fossem bem-sucedidos. "O que... ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." 2 Timóteo 2:2. OE 102 3 Esse aspecto da obra de Paulo ensina aos ministros de hoje importante lição. Os obreiros experientes fazem nobre serviço quando, em lugar de procurar levar sozinhos toda a responsabilidade, preparam os mais moços, colocando-lhes encargos sobre os ombros. É desejo de Deus que os que têm conseguido experiência em Sua causa, exercitem os jovens para Seu serviço. OE 102 4 O obreiro mais moço não se deve imbuir tanto das idéias e opiniões daquele sob cuja direção for colocado, que perca sua individualidade. Não deve imergir sua identidade na daquele que o está instruindo, de maneira que não se atreva a usar o próprio discernimento, mas faça o que for mandado, a despeito de seu próprio critério do que é direito ou errado. É seu privilégio aprender por si mesmo com o grande Mestre. Se a pessoa com quem estiver trabalhando seguir um caminho que não se achar em harmonia com um "Assim diz o Senhor", não busque ele qualquer grupinho, mas dirija-se aos superiores em posição, e exponha o caso, exprimindo-lhes francamente suas idéias. Por esse modo o discípulo se pode tornar uma bênção para o que o instrui. Ele se deve desempenhar fielmente de seu dever. Deus não o terá por inocente se tiver conivência com um procedimento incorreto, exerça embora o que assim procede uma grande influência, ou sejam grandes suas responsabilidades. OE 103 1 Os moços serão solicitados a unirem-se a antigos porta-estandartes para que sejam fortalecidos e ensinados por esses fiéis, que já atravessaram tantos conflitos, e aos quais mediante o testemunho de Seu Espírito, Deus tem tantas vezes falado, indicando o caminho certo, e condenando o errado. Quando surgem perigos que provam a fé do povo de Deus, esses pioneiros devem contar outra vez as experiências do passado, quando, exatamente em crises como essas, a verdade foi posta em dúvida, e sentimentos estranhos, não provindos de Deus, foram introduzidos. Hoje Satanás está procurando oportunidades de derribar os marcos da verdade -- os monumentos que foram erguidos ao longo do caminho; e necessitamos da experiência dos velhos obreiros que edificaram sua casa sobre a sólida rocha, os quais, por infâmia e por boa fama se mantiveram leais à verdade. ------------------------Capítulo 19 -- O ministro jovem OE 104 1 Os moços devem entrar no ministério como coobreiros de Jesus, partilhando de Sua vida de abnegação e sacrifício, publicando as palavras do Mestre: "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados." João 17:19. Se se entregarem a Deus, Ele Se servirá deles para auxiliar a executar Seu plano para a salvação de almas. Que o jovem que entrou no ministério encare de frente seu chamado, e decida consagrar à obra tempo, forças e influência, bem ciente das condições sob que serve o Redentor. OE 104 2 Os porta-estandartes estão sucumbindo, e os jovens devem preparar-se para tomar os lugares vagos, para que a mensagem possa ser ainda proclamada. A luta ativa tem de ser estendida. Aos que possuem mocidade e forças cumpre ir aos lugares entenebrecidos da Terra, a chamar ao arrependimento almas moribundas. Devem, porém, primeiramente, limpar de toda a impureza o templo da alma, e entronizar a Cristo no coração. "Tem cuidado" OE 104 3 Dirigem-se a todo jovem que entrar para o ministério as palavras de Paulo a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina." 1 Timóteo 4:16. O "ti mesmo" vem em primeiro lugar. Dai-vos primeiramente ao Senhor para a purificação e santificação. Um exemplo piedoso falará mais em favor da verdade do que a maior eloqüência, desacompanhada de uma vida bem ordenada. Espevitai a lâmpada da alma, e enchei-a do óleo do Espírito. Buscai em Cristo aquela graça, aquela clareza de entendimento que vos habilitarão a fazer uma obra bem-sucedida. Aprendei dEle o que significa trabalhar por aqueles por quem Ele deu a vida. OE 105 1 "Tem cuidado" primeiro de ti mesmo, e depois da doutrina. Não permitais que vosso coração seja endurecido pelo pecado. Examinai rigorosamente vossas maneiras e hábitos. Comparai-os com a Palavra de Deus, e depois tirai de vossa vida todo hábito ou condescendência reprováveis. Ajoelhai-vos diante de Deus, e insisti com Ele para que vos dê compreensão da Sua palavra. Estai certos de conhecer os verdadeiros princípios da verdade; e depois, ao enfrentardes oponentes, não o fareis em vossas próprias forças. Um anjo de Deus se achará a vosso lado, para vos ajudar a responder a qualquer pergunta que vos seja dirigida. Cumpre-vos ficar dia a dia, por assim dizer, encerrados com Jesus; e então vossas palavras e exemplos exercerão influência poderosa para o bem. Não há desculpa para a ignorância OE 105 2 Alguns dos que entram para o ministério não sentem a responsabilidade da obra. Têm falsa idéia dos requisitos de um ministro. Pensam que se requer pouco acurado estudo das ciências ou da Palavra de Deus, para obter habilitações para o ministério. Alguns que estão ensinando a verdade presente são tão deficientes no conhecimento da Bíblia, que lhes é difícil citar corretamente um texto de memória. Confundindo-se assim, desastradamente, como fazem, estão pecando contra Deus. Torcem as Escrituras, e fazem a Bíblia dizer coisas que nela não se acham escritas. OE 105 3 Alguns pensam que a instrução e o conhecimento perfeito das Escrituras sejam de pouca monta, uma vez que o homem possua o Espírito. Mas Deus nunca manda Seu Espírito para sancionar a ignorância. Ele Se pode compadecer dos que se acham impossibilitados de instruir-se, e abençoá-los, e assim faz; condescende por vezes em aperfeiçoar o Seu poder na fraqueza deles. Mas é o dever dessas pessoas estudarem Sua Palavra. Falta de conhecimentos científicos não é escusa para negligenciar-se o estudo da Bíblia; pois as palavras da inspiração são tão claras que o iletrado as pode compreender. Retribuição de hospitalidade OE 106 1 Os ministros jovens devem-se tornar úteis onde quer que estejam. Quando em visita ao povo em seus lares, não devem ficar ociosos, sem fazer nenhum esforço para ajudar aqueles de cuja hospitalidade estão participando. As obrigações são mútuas; se o ministro participa da hospitalidade de seus amigos, é seu dever corresponder à sua bondade mediante cuidado e consideração em sua conduta para com eles. O hospedeiro pode ser homem cheio de cuidados e trabalho árduo. Mostrando a disposição de não cuidar somente de si, mas de prestar auxílio oportuno aos outros, o ministro pode encontrar muitas vezes acesso ao coração, e abrir caminho para a aceitação da verdade. OE 106 2 O amor da comodidade e, posso dizer, a preguiça física, incapacita um homem para o ministério. Os que se estão preparando para entrar no ministério, devem exercitar-se em fazer árduo serviço físico; serão então mais capazes de apurar o pensamento. OE 106 3 Que o jovem estabeleça bem definidas demarcações, pelas quais seja regido em emergências. Quando sobrevém uma crise que exige bem desenvolvidas forças físicas, e mente clara, vigorosa e prática; quando há trabalho difícil para ser feito, onde se deve empregar toda a energia; quando surgem perplexidades que só podem ser enfrentadas com sabedoria do alto -- então, os moços que hajam aprendido a vencer as dificuldades por meio de perseverante labor, podem responder ao chamado por obreiros. A necessidade de firmeza OE 107 1 Há, na carta de Paulo a Timóteo, muitas lições a serem aprendidas. O velho apóstolo insistia com o obreiro moço quanto à necessidade de firmeza na fé. "Por esse motivo te lembro", escreveu ele, "que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. Portanto não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro Seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus." OE 107 2 Paulo rogava a Timóteo que se lembrasse de que fora chamado "com uma santa vocação" para proclamar o poder dAquele que trouxera "à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho; para o que", declarou, "fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios. Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia". 2 Timóteo 1:6-12. OE 107 3 Onde quer que estivesse -- fosse diante dos sisudos fariseus, ou das autoridades romanas; fosse diante da furiosa plebe de Listra ou dos condenados pecadores do calabouço da Macedônia; fosse arrazoando com os marinheiros tomados de pânico, do navio prestes a naufragar, ou estando sozinho diante de Nero, para pleitear por sua vida -- ele nunca se envergonhou da causa que defendia. O grande propósito de sua vida cristã fora servir Aquele cujo nome outrora o enchera de desprezo, e desse propósito nenhuma oposição ou perseguição fora capaz de afastá-lo. Sua fé, fortalecida pelo esforço e purificada pelo sacrifício, o sustinha e fortalecia. OE 108 1 "Tu, pois, meu filho", continua Paulo, "fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Sofre pois, comigo, as aflições como bom soldado de Jesus Cristo." 2 Timóteo 2:1-3. OE 108 2 O verdadeiro ministro de Deus não se esquiva a trabalhos ou responsabilidades. Da Fonte que nunca decepciona aos que sinceramente buscam o poder divino, tira ele fortaleza que o capacita a enfrentar e vencer a tentação, e a executar as tarefas que Deus sobre ele coloca. A natureza da graça que recebe, amplia sua capacidade para conhecer a Deus e a Seu Filho. Sua alma se expande num desejo anelante de fazer para o Mestre trabalho aceitável. E enquanto avança na vereda cristã, torna-se forte "na graça que há em Cristo Jesus". Esta graça dá-lhe o poder de ser fiel testemunha das coisas que ouviu. Ele não despreza ou negligencia o conhecimento que recebeu de Deus, mas transmite esse conhecimento a homens fiéis, os quais por sua vez ensinam a outros. OE 108 3 Nesta sua última carta a Timóteo, Paulo expôs perante o obreiro mais jovem um alto ideal, apontando os deveres que sobre ele impendiam como ministro de Cristo. "Procura", escreve o apóstolo, "apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." "Foge também dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." 2 Timóteo 2:15, 22-25. -- Atos dos Apóstolos, 499-502. ------------------------Capítulo 20 -- Consagração OE 111 1 Para que um homem seja ministro de êxito, é essencial alguma coisa mais que o mero conhecimento adquirido em livros. O que labuta por almas, necessita de consagração, integridade, inteligência, operosidade, energia e tato. Possuindo esses requisitos, homem algum pode ser inferior; ao contrário, possuirá dominadora influência para o bem. OE 111 2 Cristo sujeitava Seus desejos e vontades a uma estrita obediência à Sua missão -- a missão que trazia o distintivo celeste. Tudo Ele fazia em subordinação à obra por cujo cumprimento viera a este mundo. Quando, em Sua mocidade, Sua mãe O achou na escola dos rabinos, e Lhe disse: "Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que Teu pai e eu ansiosos Te procurávamos", respondeu -- e Sua resposta é a nota predominante da obra de Sua vida -- "Por que é que Me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de Meu Pai?" Lucas 2:48, 49. OE 111 3 A mesma devoção, consagração igual e igual submissão às exigências da Palavra de Deus que se manifestavam em Cristo, devem ver-se em Seus servos. Ele deixou Seu lar de segurança e paz, deixou a glória que tinha com o Pai antes que o mundo existisse, deixou Sua posição sobre o trono do Universo, e foi, como homem tentado e sofredor, em solidão, semear em lágrimas, regar com Seu sangue a semente da vida para um mundo perdido. OE 112 1 Assim devem Seus servos sair a semear. Quando chamado para tornar-se semeador da semente da verdade, foi dito a Abraão: "Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que Eu te mostrarei." Gênesis 12:1. "E saiu sem saber para onde ia" (Hebreus 11:8), como portador da luz de Deus, para conservar vivo o Seu nome na Terra. Abandonou seu país, lar, parentes, e todas as aprazíveis relações de sua vida terrestre, para tornar-se peregrino e estrangeiro. OE 112 2 Assim ao apóstolo Paulo, orando no templo em Jerusalém, veio a mensagem: "Vai porque hei de enviar-te aos gentios de longe." Atos dos Apóstolos 22:21. Da mesma maneira, os que são chamados a se unirem com Cristo, devem deixar tudo a fim de O seguirem. Velhas relações devem ser desfeitas, planos de vida postos à margem, renunciadas as esperanças terrestres. Em fadigas e lágrimas, em solidão e sacrifícios, deve a semente ser lançada. OE 112 3 Aqueles que consagram a Deus corpo, alma e espírito, receberão contínua provisão de forças físicas, mentais e espirituais. Os inexauríveis depósitos celestes acham-se a sua disposição. Cristo lhes concede o fôlego de Seu próprio Espírito, a vida de Sua própria vida. O Espírito Santo desenvolve a máxima energia para operar no espírito e no coração. A graça de Deus dilata e multiplica-lhes as faculdades, e toda perfeição da natureza divina lhes vem em auxílio na obra de salvar almas. Mediante a cooperação com Cristo, tornam-se perfeitos nEle, e, em sua fraqueza humana, são habilitados a praticar as obras da onipotência. OE 113 1 O Redentor não aceitará um serviço dividido. O obreiro de Deus precisa aprender diariamente o que significa a entrega de si mesmo. Tem que estudar a Palavra de Deus, apreendendo-lhe o sentido e obedecendo aos seus preceitos. Assim pode ele atingir à norma da excelência cristã. Dia a dia Deus com ele colabora, aperfeiçoando o caráter que deve subsistir no tempo da prova final. E dia a dia o crente está operando perante os homens e os anjos uma sublime experiência, mostrando o que pode o evangelho fazer pelos decaídos seres humanos. OE 113 2 Quando Cristo chamou os discípulos para O seguirem, não lhes ofereceu nenhumas lisonjeiras perspectivas nesta vida. Não lhes prometeu lucros, ou honras terrestres, nem eles estipularam de qualquer modo o que deveriam receber. Achando-se Mateus assentado na alfândega, o Salvador lhe disse: "Segue-Me. E ele, levantando-se, O seguiu." Mateus 9:9. Mateus não esperou, antes de prestar qualquer serviço, para ajustar determinado salário, equivalente à importância que recebia em seu emprego anterior. Sem discutir, sem hesitar, seguiu a Jesus. Bastava-lhe o estar com o Salvador, o poder ouvir-Lhe as palavras e unir-se a Ele em Sua obra. OE 113 3 O mesmo se dera com os discípulos anteriormente chamados. Quando Jesus pediu a Pedro e a seus companheiros que O seguissem, eles deixaram imediatamente o bote e as redes. Alguns desses discípulos tinham amigos que dependiam deles quanto à subsistência; mas, ao receberem o convite do Salvador, não hesitaram, perguntando: De que vou viver e sustentar minha família? Atenderam ao chamado; e quando, posteriormente, Jesus lhes perguntou: "Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa?" puderam responder: "Nada." Lucas 22:35. OE 114 1 Hoje em dia o Salvador nos chama para Sua obra, como o fez a Mateus, João e Pedro. Se nosso coração é tocado por Seu amor, a questão da recompensa não nos ocupará no espírito o primeiro lugar. Regozijar-nos-emos em ser cooperadores de Cristo, e não temeremos confiar em Seu cuidado. Se fazemos de Deus a nossa força, teremos clara compreensão do dever, aspirações altruístas; nossa vida será influenciada por um nobre desígnio, que nos colocará acima de motivos sórdidos. OE 114 2 Muitos de quem o Senhor Se poderia servir, não darão ouvidos nem obedecerão à Sua voz acima de todas as outras. Parentes e amigos, velhos hábitos e ligações têm sobre eles tão poderosa influência, que Deus não lhes pode comunicar senão poucas instruções, poucos conhecimentos de Seus desígnios. O Senhor faria por Seus servos muito mais, se eles Lhe fossem inteiramente consagrados, colocando Seu serviço acima dos laços de parentesco, e todas as outras relações terrenas. A necessidade de mais profunda consagração OE 114 3 O tempo requer maior eficiência e mais profunda consagração. Eu clamo a Deus: Desperta e envia mensageiros cheios do sentimento de sua responsabilidade, homens em cujo coração a idolatria do próprio eu, que jaz no fundo de todo pecado, tenha sido crucificada; que estejam dispostos a consagrar-se sem reservas ao serviço de Deus; cuja alma se ache desperta quanto à santidade da obra e à responsabilidade de sua vocação; que estejam resolvidos a não trazer a Deus um sacrifício imperfeito, que não lhes custe esforço nem oração. OE 115 1 O Duque de Wellington achava-se presente uma vez a uma reunião em que um grupo de cristãos discutiam a possibilidade de êxito do esforço missionário entre os pagãos. Apelaram para o duque, dissesse ele se julgava que tais esforços seriam capazes de ter um sucesso correspondente ao que custavam. O velho soldado respondeu: OE 115 2 -- Cavalheiros, quais são vossas ordens de marcha? O êxito não é o que deveis discutir. Se leio corretamente vossas ordens, elas rezam assim: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Cavalheiros, obedecei a vossas ordens de marcha. OE 115 3 Meus irmãos, o Senhor está para vir, e precisamos pôr toda energia na realização da obra que se acha diante de nós. Apelo para vós, a fim de que vos dediqueis inteiramente à obra. Cristo deu Seu tempo, alma e forças ao trabalho para benefício e bênção da humanidade. Dias inteiros consagrava-os ao labor, e noites inteiras passava-as em oração, a fim de Se fortalecer para enfrentar o inimigo, e ajudar os que a Ele iam em busca de alívio. Como seguimos o curso de uma corrente de águas vivas, pela linha verdejante que produz, assim se pode ver a Cristo nos atos de misericórdia que Lhe assinalaram a trilha, passo a passo. Onde quer que Ele fosse, a saúde ali surgia, e seguia-se a felicidade por onde havia passado. Com tanta simplicidade apresentava as palavras da vida, que uma criança as podia compreender. Os moços apanhavam-Lhe o espírito de serviço, e buscavam imitar Suas agradáveis maneiras, auxiliando os que disso precisavam. O cego e o surdo se regozijavam em Sua presença. Suas palavras aos ignorantes e pecadores abriam-lhes uma fonte de vida. Abundante e continuamente dispensava suas bênçãos; eram as entesouradas riquezas da eternidade, concedidas em Cristo, o dom do Pai ao homem. OE 116 1 Os obreiros de Deus devem sentir tanto que não se pertencem a si mesmos, como se o próprio sinal e selo de identificação estivessem colocados sobre suas pessoas. Têm de ser espargidos com o sangue do sacrifício de Cristo, e com espírito de inteira consagração devem resolver que, pela graça de Cristo, serão um sacrifício vivo. Mas quão poucos dentre nós consideram a salvação de pecadores segundo ela é vista pelo universo celeste -- como um plano ideado desde a eternidade na mente de Deus! Quão poucos dentre nós têm o coração ligado com o Redentor nesta solene, encerradora obra! Mal existe uma décima parte da compaixão que deve haver pelas almas por salvar. Tantos há a serem advertidos, e todavia quão poucos há que se compadeçam juntamente com Deus o suficiente para ser alguma coisa ou nada ser, contanto que vejam almas salvas para Cristo! OE 116 2 Quando Elias estava prestes a deixar Eliseu, disse-lhe: "Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim." 2 Reis 2:9. Eliseu não pediu honras terrestre, um lugar entre os grandes homens da Terra. O que suplicou foi uma grande porção do espírito dado àquele a quem o Senhor estava a ponto de honrar com a trasladação. Sentia que nenhuma outra coisa o poderia habilitar para a obra que lhe seria exigida. OE 116 3 Ministros do evangelho, se essa pergunta vos houvesse sido dirigida, que haveríeis de responder? Qual é o maior desejo de vosso coração, ao vos empenhardes no serviço de Deus? ------------------------Capítulo 21 -- Tato OE 117 1 Grande tato e sabedoria são necessários no trabalho de ganhar almas. O Salvador nunca suprimiu a verdade, mas disse-a sempre com amor. Em Suas relações com outros, exercia o máximo tato, e era sempre bondoso e cheio de cuidado. Nunca foi rude, nunca proferiu desnecessariamente uma palavra severa, não ocasionou jamais uma dor desnecessária a uma alma sensível. Não censurava a fraqueza humana. Denunciava destemidamente a hipocrisia, a incredulidade, e a iniqüidade, mas havia lágrimas em Sua voz ao proferir Suas esmagadoras repreensões. Nunca tornava a verdade cruel, porém manifestava profunda ternura pela humanidade. OE 117 2 Toda alma era preciosa aos Seus olhos. Conduzia-Se com divina dignidade; inclinava-Se, todavia, com a mais terna compaixão e respeito para todo membro da família de Deus. Via em todos, almas a quem tinha a missão de salvar. A discrição de Paulo OE 117 3 O ministro não deve julgar que toda a verdade tem que ser apresentada aos incrédulos em toda e qualquer ocasião. Ele deve estudar com cuidado quando convém falar, o que dizer, e o que deixar de mencionar. Isso não é usar de engano; é trabalhar como Paulo fazia. "Porque, sendo livre para com todos", escreveu ele aos coríntios, "fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns." 1 Coríntios 9:19-22. OE 118 1 Paulo não se aproximava dos judeus de maneira a despertar-lhes os preconceitos. Não lhes dizia, a princípio, que deviam crer em Jesus de Nazaré; mas insistia nas profecias que falavam de Cristo, Sua missão e obra. Levava seus ouvintes passo a passo, mostrando-lhes a importância de honrar a lei de Deus. Dava a devida honra à lei cerimonial, mostrando que fora Cristo que instituíra a ordem judaica e o serviço sacrifical. Levava-os, então, até ao primeiro advento do Redentor, e mostrava que, na vida e morte de Cristo, se havia cumprido tudo como estava especificado nesse serviço sacrifical. OE 118 2 Dos gentios, Paulo se aproximava exaltando a Cristo, e apresentando os obrigatórios reclamos da lei. Mostrava como a luz refletida pela cruz do Calvário dava significação e glória a toda a ordem judaica. OE 118 3 Assim variava o apóstolo sua maneira de trabalhar, adaptando sua mensagem às circunstâncias em que se achava. Depois de paciente labor, tinha grande medida de êxito; entretanto, muitos havia que não se convenciam. Alguns há, hoje, que não se convencerão seja qual for o método de apresentar a verdade; e o obreiro de Deus deve estudar cuidadosamente métodos melhores, a fim de não despertar preconceitos nem combatividade. Eis onde alguns têm fracassado. Seguindo suas inclinações naturais, têm fechado portas pelas quais, com outra maneira de agir, poderiam ter encontrado acesso a corações e, por intermédio desses, a outros ainda. OE 119 1 Os obreiros de Deus devem ser homens de múltiplas facetas; isto é, devem possuir largueza de caráter. Não devem ser homens apegados a uma só idéia, estereotipados em sua maneira de agir, incapazes de ver que sua defesa da verdade deve variar segundo a espécie de pessoas entre as quais trabalham, e as circunstâncias que se lhes deparam. OE 119 2 Delicada é a obra que se apresenta ao ministro quando o enfrentam o afastamento, a inimizade encarniçada e a oposição. Ele necessita, mais que os outros, daquela sabedoria que é "primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia". Tiago 3:17. Como o orvalho e os chuveiros silenciosos caem suavemente sobre as ressequidas plantas, assim devem cair-lhe as palavras brandamente ao proclamar a verdade. Cumpre-lhe ganhar almas, não repeli-las. Deve estudar a fim de ser hábil, onde não há regras para fazer face à situação. OE 119 3 Muitas almas têm sido desviadas para urna direção errada, e assim perdidas para a causa de Deus, devido à falta de habilidade e sabedoria da parte do obreiro. O tato e o critério centuplicam a utilidade do obreiro. Se profere as palavras convenientes no tempo oportuno, e manifesta o devido espírito, isso terá no coração daquele que ele está procurando ajudar, uma influência capaz de o comover. Em campos novos OE 119 4 Ao trabalhardes em campo novo, não penseis ser vosso dever declarar imediatamente ao povo: Somos adventistas do sétimo dia; cremos que o dia de repouso é o sábado; acreditamos que a alma não é imortal. Isso haveria de levantar enorme barreira entre vós e aqueles a quem desejais alcançar. Falai-lhes, em se vos oferecendo oportunidade, de pontos de doutrina sobre as quais estais em harmonia. Insisti sobre a necessidade da piedade prática. Tornai-lhes patente que sois cristãos, desejando paz, e que amais sua alma. Vejam eles que sois conscienciosos. Assim lhes granjeareis a confiança; e haverá tempo suficiente para as doutrinas. Seja o coração conquistado, o solo preparado, e depois semeai a semente, apresentando em amor a verdade como é em Cristo. OE 120 1 Deus ajudará indubitavelmente os que O buscam em procura de sabedoria. Não devemos esperar até que nos venham as oportunidades; nós as devemos buscar, e estar sempre prontos para dar a razão da esperança que há em nós. Se o obreiro mantém o coração alçado em oração, Deus o ajudará a dizer a palavra oportuna a seu tempo. OE 120 2 Ao buscarmos corrigir ou reformar outros, devemos cuidar de nossas palavras. Elas serão um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Ao repreender ou aconselhar, muitos se permitem linguagem áspera, severa, palavras não adaptadas a curar a alma ferida. Por essas mal-avisadas expressões o espírito se irrita, sendo muitas vezes a pessoa em erro incitada à rebelião. OE 120 3 Todos quantos desejam advogar os princípios da verdade, necessitam receber o celeste óleo do amor. Sob todas as circunstâncias a reprovação deve ser feita com amor. Então, nossas palavras hão de corrigir, não exasperar. Cristo, por meio de Seu Santo Espírito, suprirá a força e o poder. Esta é Sua obra. ------------------------Capítulo 22 -- A graça da cortesia OE 121 1 Os que trabalham para Cristo devem ser retos e fidedignos, firmes como uma rocha aos princípios, e ao mesmo tempo, bondosos e corteses. A cortesia é uma das graças do Espírito. Lidar com o espírito humano é a maior obra já confiada ao homem; e quem deseja encontrar acesso aos corações precisa ouvir a recomendação: "Sede... misericordiosos e afáveis." 1 Pedro 3:8. O amor fará aquilo que o argumento deixar de realizar. Mas a petulância de um momento, uma só resposta áspera, uma falta de polidez cristã em qualquer pequenina questão, pode dar em resultado a perda de amigos, bem como de influência. OE 121 2 O que Cristo era na Terra, o obreiro cristão se deve esforçar por ser. Ele é nosso exemplo, não somente em Sua imaculada pureza, como na paciência, amenidade e disposição cativante. Sua vida é uma ilustração da verdadeira cortesia. Tinha sempre um olhar bondoso e uma palavra de conforto para o necessitado e o oprimido. Sua presença levava aos lares uma atmosfera mais pura. Sua vida era qual fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado, andava entre os inconsiderados, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. Proferia aqui e ali uma palavra de simpatia. Ao ver homens fatigados e compelidos a carregar pesados fardos, compartilhava dos mesmos, e repetia-lhes a lição que aprendera da Natureza, do amor e da bondade de Deus. Procurava inspirar a esperança aos mais rudes e menos prometedores, dando-lhes a certeza de que podiam atingir caráter que lhes manifestaria a filiação divina. OE 122 1 A religião de Cristo abranda quanto há de duro e rude num temperamento, e suaviza tudo que é áspero e escabroso nas maneiras. Torna as palavras brandas, e atraente a conduta. Aprendamos de Cristo a maneira de harmonizar o alto sentimento de pureza e integridade com a disposição feliz. O cristão bondoso, cortês, é o mais poderoso argumento que se pode apresentar em favor do cristianismo. OE 122 2 As palavras bondosas são como o orvalho e brandos chuveiros para a alma. Diz a Escritura a respeito de Cristo, que nos Seus lábios se derramou a graça, para que soubesse "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado". Isaías 50:4. E o Senhor nos pede: "A vossa palavra seja sempre agradável", "para que dê graça aos que a ouvem". Colossences 4:6; Efésios 4:29. OE 122 3 Alguns daqueles com quem entrais em contato, podem ser rudes e descorteses; mas nem por isso, mostreis de vossa parte menos cortesia. Aquele que deseja manter o respeito próprio, deve ter cautela de não ferir desnecessariamente o dos outros. Essa regra deve ser sagradamente observada para com o mais néscio, o mais imprudente. O que Deus pretende fazer com essas pessoas aparentemente não prometedoras, vós não sabeis. Ele já tem aceito pessoas que não davam mais esperanças nem eram mais atrativas, para fazer uma grande obra para Ele. Seu Espírito, movendo-Se sobre o coração, tem despertado cada faculdade para uma ação vigorosa. O Senhor viu nessas pedras brutas, sem polimento, um material precioso, que haveria de suportar a prova da tempestade, do calor e da pressão. Deus não vê como os homens. Não julga pelas aparências, mas esquadrinha o coração, e julga com justiça. OE 123 1 O Senhor requer que reconheçamos os direitos de todos os homens. Os direitos sociais dos homens, e seus direitos como cristãos, devem ser tomados em consideração. Todos têm de ser tratados fina e delicadamente, como filhos e filhas de Deus. OE 123 2 O cristianismo tornará o homem cavalheiro. Cristo era cortês, mesmo com Seus perseguidores; e Seus verdadeiros seguidores manifestarão o mesmo espírito. Vede Paulo, quando levado perante governadores. Seu discurso perante Agripa é uma ilustração da verdadeira cortesia, bem como de persuasiva eloqüência. O evangelho não estimula a polidez formal que circula no mundo, mas a cortesia que parte de real bondade do coração. OE 123 3 A mais cuidadosa atenção às exteriores conveniências da vida, não basta para evitar toda a irritabilidade, severidade de juízo e linguagem imprópria. A verdadeira fineza não se revelará nunca enquanto o próprio eu for considerado o objeto supremo. Importa que o amor habite no coração. Um perfeito cristão encontra seus motivos de ação no profundo e sincero amor ao seu Mestre. Das raízes de sua afeição a Cristo, brota o abnegado interesse por seus irmãos. O amor comunica a seu possuidor, graça, critério e modéstia na conduta. Ilumina o semblante e rege a voz; afina e eleva o ser inteiro. ------------------------Capítulo 23 -- A conduta conveniente OE 124 1 Àqueles que lidam com as coisas sagradas, dirige-se a solene recomendação: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Isaías 52:11. De todos os homens, devem ser os mais circunspectos em palavras e ações, os que têm sido honrados pelo Senhor, aqueles a quem tem sido confiado um serviço especial para realizarem. Devem ser homens de devoção, que, mediante obras de justiça e palavras puras, verdadeiras, possam erguer o semelhante a um nível mais elevado; homens que não sejam abalados por qualquer passageira tentação; homens firmes e fervorosos em seus desígnios, cujo mais alto objetivo é ganhar almas para Cristo. OE 124 2 As tentações especiais de Satanás são dirigidas contra o ministério. Ele sabe que os ministros são apenas entes humanos, não possuindo em si mesmos graça nem santidade; que os tesouros do evangelho foram colocados em vasos de barro, os quais só o poder divino pode tornar vasos para honra. Sabe que Deus tem ordenado que os ministros sejam um meio poderoso para a salvação de almas, e que eles só poderão ser bem-sucedidos em sua obra à medida que permitem que o Pai eterno lhes domine a vida. Procura, portanto, com toda a sua habilidade, induzi-los a pecar, sabendo que seu cargo torna o pecado neles mais excessivamente maligno; pois, pecando, tornam-se eles próprios ministros do mal. OE 124 3 Aqueles que Deus chamou ao ministério devem dar provas de ser aptos para ministrar no púlpito sagrado. O Senhor ordenou: "Sede vós... santos em toda a vossa maneira de viver." 1 Pedro 1:15. "Sê o exemplo dos fiéis", escreve Paulo. "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem." 1 Timóteo 4:12, 16. "Já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração." 1 Pedro 4:7. OE 125 1 A questão da pureza e da discrição na conduta é uma das que deve merecer nossa atenção. Devemo-nos guardar dos pecados desta época degenerada. Não desçam os embaixadores de Cristo a frívolas conversações, a familiaridades com mulheres, sejam elas casadas ou solteiras. Mantenham-se no lugar que lhes convém, com a devida dignidade; entretanto, podem ser ao mesmo tempo sociáveis, bondosos e corteses para com todos. Devem estar acima de tudo que tenha ares de vulgaridade e familiaridade. Isso é terreno proibido, no qual não é seguro pisar. Toda palavra, toda ação, deve tender a elevar, refinar, enobrecer. Há pecado na inconsideração relativamente a essas coisas. OE 125 2 Paulo insistia com Timóteo para que meditasse sobre tudo que é puro e excelente, a fim de que seu proveito fosse manifesto a todos. O mesmo conselho é grandemente necessitado pelos homens deste século. Insisto com nossos obreiros quanto à necessidade da pureza em todo pensamento e ato. Temos uma responsabilidade individual para com Deus, uma obra pessoal, que nenhum outro pode fazer por nós. É lutar por tornar o mundo melhor. Conquanto devamos cultivar a sociabilidade, não o façamos meramente por diversão, mas com mais elevado desígnio. OE 125 3 Acaso não se passa em torno de nós o bastante para nos demonstrar a necessidade dessa precaução? Vêem-se por toda parte naufrágios humanos, altares de família derribados, lares arruinados. Há estranho abandono dos princípios, a norma da moral se encontra rebaixada, e a Terra está-se tornando rapidamente uma Sodoma. Crescem velozmente as práticas que trouxeram o juízo de Deus sobre o mundo antediluviano e que fez com que Sodoma fosse destruída pelo fogo. Estamo-nos aproximando do fim, quando a Terra será purificada pelo fogo. OE 126 1 Que aqueles em cujas mãos Deus colocou a luz da verdade se apartem de toda iniqüidade. Andem nos caminhos da retidão, dominando toda paixão e hábito que de qualquer modo possam vir a arruinar a obra de Deus, ou lançar uma mancha sobre sua santidade. É a obra do ministro resistir às tentações que se acham em seu caminho, erguer-se acima das corrupções que arrastam a mente a baixo nível. Mediante vigilância e oração, ele pode guardar por tal forma seus pontos mais fracos, que eles se tornarão os mais fortes. Mediante a graça de Cristo, os homens podem adquirir estrutura moral, força de vontade, e estabilidade de desígnio. Há poder nessa graça para os habilitar a sobrepor-se às sedutoras e empolgantes tentações de Satanás, e a tornarem-se cristãos leais e devotados. Os ministros devem dar exemplo digno OE 126 2 Os ministros devem dar aos jovens exemplo digno, que corresponda à sua santa vocação. Devem ajudá-los a ser francos, e todavia modestos e dignos em todas as suas relações. Eles estão semeando dia a dia uma semente que dará fruto. Devem afastar toda vulgaridade, toda frivolidade, lembrando-se sempre de que são educadores; quer queiram ou não, suas palavras e atos são para aqueles com quem estiverem em contato, um cheiro de vida ou de morte. OE 126 3 É de disciplina de espírito, pureza de coração e mente que se necessita. A pureza moral depende de pensar e agir corretamente. Os maus pensamentos destroem a alma, ao passo que o devido império dos pensamentos prepara a mente para trabalhar de modo harmônico para o Mestre. Todo pensamento deve ser posto em sujeição à obediência de Cristo. OE 127 1 Os ensinadores da verdade devem ser homens sábios, muito cuidadosos de suas palavras e ações. Precisam ser homens que distribuam a seu tempo o alimento ao rebanho de Deus; homens que não dêem a mínima sanção a baixas normas de vida; homens dotados daquela fé que opera por amor, e purifica a alma de todo pensamento e desejo carnal. Obreiros dessa qualidade não rastejam em mundanas vaidades; não jazem cativos de criaturas humanas, ou das tentações de Satanás. Eles se devem portar como homens, e ser fortes. Devem volver o rosto para o Sol da Justiça, erguendo-se acima de tudo quanto é baixo, a uma atmosfera isenta de contaminação espiritual e moral. OE 127 2 Aquele que vive segundo os princípios da religião bíblica, não será encontrado falto de força moral. Sob a enobrecedora influência do Espírito Santo, os gostos e inclinações tornam-se puros e santos. Nada há que exerça tão grande domínio sobre as afeições, que alcance tão cabalmente aos mais profundos motivos de ação, que exerça tão poderosa influência sobre a vida, e imprima tão grande firmeza e estabilidade ao caráter, como a religião de Cristo. Ela conduz seu possuidor sempre para cima, inspirando-lhe nobres desígnios, ensinando-lhe a conduta conveniente, e comunicando uma adequada dignidade a toda ação. OE 127 3 Por que meios há de um mancebo reprimir suas más inclinações, e desenvolver o que é nobre e bom em seu caráter? Escute ele as palavras: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Eis aí um princípio que tem de servir de base a todo motivo, pensamento e ato. As paixões contrárias à piedade devem ser crucificadas. Elas exigirão condescendência, mas Deus implantou no coração elevados e santos objetivos e desejos, e estes não precisam ser aviltados. É unicamente quando nos recusamos a submeter ao controle da razão e da consciência, que somos arrastados para baixo. Paulo declarou: "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece." Filipenses 4:13. OE 128 1 Se vos achegais a Jesus, e buscais adornar vossa profissão com uma vida bem ordenada e uma conduta piedosa, vossos pés serão preservados de se desgarrar por veredas proibidas. Se tão-somente velardes, continuamente em oração, se fizerdes tudo como se vos achásseis na imediata presença de Deus, sereis guardados de cair em tentação, e podereis esperar conservar-vos puros, irrepreensíveis e incontaminados até ao fim. Se mantiverdes o princípio de vossa confiança firme até ao fim, vossos caminhos serão estabelecidos em Deus e, o que a graça começou, a glória há de coroar no reino de nosso Deus. Os frutos do Espírito são amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança; contra estas coisas não há lei. Se Cristo habita em nós, haveremos de crucificar a carne com suas paixões e concupiscências. ------------------------Capítulo 24 -- As relações sociais OE 129 1 A utilidade do ministro jovem, casado ou solteiro, é muitas vezes anulada pela amizade que lhe manifestam as jovens. Essas mulheres não imaginam que outros olhos as observam, e que sua maneira de agir pode tender a prejudicar a influência do ministro a quem elas dão tanta atenção. Se atendessem estritamente às leis da discrição, seria muito melhor para elas, e para o ministro. Sua falta nesse sentido, coloca o ministro em posição desagradável, e faz com que outros o julguem injustamente. OE 129 2 Mas a responsabilidade dessa questão pesa sobre os próprios ministros. Cumpre-lhes manifestar desgosto por tais atenções; e, se tomarem a atitude que Deus quer, não continuarão a ser perturbados. Eles devem evitar toda aparência do mal; e quando as mulheres moças são muito sociáveis, é dever do ministro dar-lhes a conhecer que isso não agrada. Deve repelir a ousadia, mesmo que o julguem rude, a fim de salvar da censura a causa. As jovens que se houverem convertido à verdade, e a Deus, darão ouvidos à reprovação, e se regenerarão. OE 129 3 Gracejos, piadas e conversas profanas pertencem ao mundo. Os cristãos que possuem a paz de Deus no coração, serão alegres e felizes, sem condescender com a frivolidade. Enquanto velam em oração, hão de possuir uma serenidade e uma paz que os eleve acima de todas as superfluidades. OE 130 1 O mistério da piedade, desvendado ao espírito do ministro de Cristo, erguê-lo-á acima dos divertimentos terrenos e sensuais. Será participante da natureza divina, havendo escapado à corrupção que pela concupiscência, há no mundo. A comunhão estabelecida entre Deus e sua alma, torná-lo-á frutífero no conhecimento da vontade de Deus, e abrirá diante dele tesouros de assuntos práticos, que pode apresentar ao povo, os quais não despertarão frivolidade, nem a sombra de um sorriso, mas infundirão solenidade aos pensamentos, tocarão o coração, e despertarão as sensibilidades morais para os sagrados direitos que Deus tem sobre as afeições e a vida. Os que trabalham na palavra e doutrina, devem ser homens de Deus, de coração e vida puros. -- Testimonies for the Church 3:241. OE 130 2 Estão surgindo jovens para entrar na obra de Deus, alguns dos quais mal têm qualquer senso da santidade e responsabilidade dessa obra. Pouca experiência têm no exercício da fé, na sincera fome de alma pelo Espírito de Deus, a qual sempre traz frutos. Alguns homens de boas aptidões, os quais poderiam ocupar posições importantes, não sabem de que espírito são. Vão vivendo numa maneira jovial, tão naturalmente como as águas correm morro abaixo. Falam tolices, brincam com as jovens, ao mesmo tempo que estão ouvindo quase diariamente as verdades mais solenes e mais de molde a comover a alma. Esses homens têm uma religião mental, mas o coração não está santificado pelas verdades que ouvem. Esses nunca podem conduzir outros à Fonte das águas vivas, enquanto delas não beberem eles próprios. OE 131 1 Não é tempo agora para a leviandade, vaidade e frivolidade. Presto encerrar-se-ão as cenas da história terrestre. Precisam mudar-se as mentes abandonadas ao sabor dos pensamentos. Diz o apóstolo Pedro: "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." 1 Pedro 1:13-16. OE 131 2 Os pensamentos irrefreados precisam ser reunidos e concentrados em Deus. Os próprios pensamentos devem estar em sujeição à vontade de Deus. Não se devem fazer nem esperar elogios; pois isto tem a tendência de fomentar a confiança própria em vez de promover a humildade; de corromper em lugar de purificar. Os homens realmente habilitados, e que sentem ter uma parte a desempenhar em relação com a obra de Deus, sentir-se-ão premidos sob o senso da santidade da obra, tal como um carro sob os molhos. Agora, eis o tempo de fazer os mais fervorosos esforços para vencer os sentimentos naturais do coração carnal. -- Testemunhos Seletos 1:399, 400. OE 131 3 Quando um ministro que apresenta a solene mensagem de advertência ao mundo, recebe as hospitaleiras gentilezas de amigos e irmãos, negligencia os deveres de pastor do rebanho, e é descuidoso em seu exemplo e conduta, entretendo com os jovens fúteis conversações, gracejos e pilhérias, e relatando anedotas humorísticas para despertar o riso, ele é indigno de ser ministro do evangelho, e necessita converter-se antes de lhe ser confiado o cuidado das ovelhas e cordeiros. Os ministros que são negligentes quanto aos deveres que competem a um fiel pastor, dão provas de que não se encontram santificados pelas verdades que apresentam a outros, e não devem ser mantidos como obreiros na vinha do Senhor, enquanto não tiverem elevado sentimento da santidade da obra do ministro. -- Testimonies for the Church 3:233. OE 132 1 O ministro de Cristo deve ser homem de oração, homem de piedade; alegre, mas nunca vulgar e rude, gracejador ou frívolo. O espírito de frivolidade pode-se harmonizar com a profissão de palhaço e ator, mas se acha inteiramente abaixo da dignidade do homem que é escolhido para interpor-se entre os vivos e os mortos, e ser um porta-voz de Deus. OE 132 2 O mistério da piedade, desvendado à mente do ministro de Cristo, elevá-lo-á acima dos gozos terrestres e sensuais. Ele será participante da natureza divina, havendo escapado da corrupção que, pela concupiscência, há no mundo. A comunicação estabelecida entre Deus e a sua alma torná-lo-á fecundo no conhecimento da vontade de Deus, e desvendar-lhe-á tesouros de assuntos práticos que poderá apresentar ao povo, os quais não produzirão leviandades nem suscitarão sorrisos, mas solenizarão a mente, tocarão as cordas do coração, e despertarão o senso moral para os sagrados reclamos que Deus tem pelos sentimentos e a vida. Os que trabalham pregando e doutrinando devem ser homens de Deus, puros de coração e vida. ------------------------Capítulo 25 -- Decisão e prontidão OE 133 1 São necessários homens independentes, fervorosamente esforçados, não homens maleáveis como argila. Os que querem seu trabalho ao alcance das mãos, que pretendem determinada quantidade de serviço e salário fixo, e desejam experimentar um trabalho adequado sem o incômodo da adaptação ou treino, não são os homens que Deus chama para trabalhar em Sua causa. O homem, que, se a necessidade requer, não saiba adaptar suas aptidões a quase qualquer lugar, não é homem para o tempo atual. Os homens que Deus deseja ligar a Sua causa não são frouxos e sem fibra, sem músculos ou força moral de caráter.... OE 133 2 Homens há que se lisonjeiam de que poderiam fazer algo de grande e bom, se tão-somente as circunstâncias fossem outras, ao passo que não fazem uso das faculdades que já têm, trabalhando nos encargos que a providência lhes proveu. O homem pode criar suas circunstâncias, mas as circunstâncias nunca devem criar o homem. O homem deve aproveitar as circunstâncias como instrumentos seus para seu trabalho. Deve ele dominar as circunstâncias, mas jamais permitir que as circunstâncias o dominem. A independência individual e o poder individual são as qualidades agora necessárias. O caráter individual não precisa ser sacrificado, mas deve ser ajustado, cultivado, enobrecido.... OE 133 3 A causa de Deus requer homens de golpe de vista, e capazes de agir pronta e energicamente no momento oportuno. Se esperais para medir cada dificuldade e pesar cada perplexidade que encontrardes, bem pouco haveis de realizar. Encontrareis dificuldades e obstáculos a cada passo, e deveis, com propósito firme, decidir vencê-los, ou do contrário sereis por eles vencidos. OE 133 4 Vezes há em que vários meios e fins, métodos diversos de operação quanto à obra de Deus equivalem-se mais ou menos em nosso espírito; é exatamente então que se faz mister o melhor critério. E se alguma coisa se faz para esse fim, deve ser feita no momento oportuno. A mais leve inclinação do peso na balança deve ser notada, decidindo imediatamente a questão. Muita delonga fatiga os anjos. É mesmo mais desculpável tomar uma decisão errada, às vezes, do que ficar sempre a vacilar, hesitando ora para uma, ora para outra direção. Maior perplexidade e mal resultam de hesitar e duvidar assim, do que de agir às vezes muito apressadamente. OE 134 1 Tem-me sido mostrado que as mais assinaladas vitórias e as mais terríveis derrotas se têm decidido em minutos. Deus requer ação pronta. Demoras, dúvidas, hesitações e indecisão dão muitas vezes toda vantagem ao inimigo.... OE 134 2 O fazer as coisas em tempo pode ser um bom argumento em favor da verdade. Perdem-se freqüentemente vitórias devido a tardanças. Haverá crises nesta causa. A ação pronta e decisiva no momento oportuno conquistará gloriosos triunfos, ao passo que dilações e negligências darão em resultado grandes fracassos e positiva desonra para Deus. Movimentos rápidos no momento crítico, desarmam muitas vezes o inimigo, o qual fica decepcionado e vencido, pois esperara dispor de tempo para delinear planos e operar mediante artifícios.... OE 134 3 A maior prontidão é positivamente necessária na hora do perigo. Cada plano pode estar bem assentado para dar resultados certos, e todavia uma demora bem pequena é capaz de fazer com que as coisas assumam aspecto inteiramente diverso, e os grandes objetivos que poderiam ter sido alcançados perdem-se por falta de golpe de vista rápido e de decisão pronta. OE 135 1 Muito se pode fazer no sentido de exercitar a mente para vencer a indolência. Há ocasiões em que se tornam necessárias cautela e grande deliberação; a precipitação seria loucura. Mas mesmo nesses casos, muito se tem perdido por demasiada hesitação. Exige-se até certo ponto, cautela; mas a hesitação e a prudência em determinadas ocasiões, têm sido mais desastrosas do que teria sido um fracasso devido à precipitação. -- Testimonies for the Church 3:496-498. OE 135 2 Alguns há que, durante algum tempo, são bem-sucedidos na luta contra seus desejos egoístas quanto a prazeres e comodidade. São sinceros e fervorosos, mas fatigam-se do esforço prolongado, da morte diária, do incessante incômodo. A indolência parece convidativa; repulsiva a morte do próprio eu; e cerram os sonolentos olhos, e caem no poder da tentação, em lugar de resistir-lhe. OE 135 3 As orientações exaradas na Palavra de Deus, não deixam margem para transigências com o mal. O Filho de Deus manifestou-Se a fim de atrair todos os homens a Si. Ele não veio para embalar o mundo e fazê-lo dormir, mas para indicar o caminho estreito em que devem caminhar todos os que hajam de alcançar finalmente as portas da cidade de Deus. Seus filhos devem seguir o caminho aberto por Ele; seja qual for o sacrifício da comodidade ou da satisfação egoísta, seja qual for o preço em trabalho e sofrimento, devem eles manter batalha constante contra o próprio eu. ------------------------Capítulo 26 -- Recolhendo os frutos -- Um sonho OE 136 1 Num sonho que me foi dado em 29 de Setembro de 1886, eu andava com um grande grupo que estava a procura de amoras silvestres. Havia muitos homens e mulheres moços nesse grupo, os quais deviam ajudar a apanhar as frutas. Parecia como se estivéssemos numa cidade, pois havia muito pouco espaço vazio; mas, ao redor da cidade, havia campos, belos arvoredos e pomares cultivados. Ia adiante um grande carro carregado de provisões para nós. OE 136 2 Em breve o carro parou, o grupo dispersou-se em todas as direções à procura de frutas. Tudo em torno do carro eram arbustos, altos e baixos, apresentando belas e preciosas frutas; mas o grupo dirigia as vistas para muito longe, em procura delas. Pus-me a apanhar as frutas ali por perto, mas com muito cuidado, com receio de tirar também as verdes, que se achavam tão misturadas com as maduras, que eu só podia colher uma ou duas em cada cacho. OE 136 3 Algumas das maiores frutas tinham caído, e estavam meio comidas pelos bichos e insetos. "Oh!", pensei, "se este campo houvesse sido penetrado antes, toda essa preciosa fruta poderia ter sido salva! Mas é demasiado tarde agora. Entretanto, apanharei estas do chão, e verei se há algumas boas entre elas. Mesmo que toda a fruta esteja estragada, posso pelo menos mostrar aos irmãos o que eles poderiam ter encontrado, se não se houvessem atrasado tanto." OE 136 4 Nesse momento dois ou três grupos vieram caminhando para o lugar em que me achava. Estavam gracejando, e pareciam muito ocupados com a companhia uns dos outros. Ao ver-me, disseram: "Temos procurado por toda parte, e não pudemos encontrar frutas." Olharam com espanto para a quantidade que eu tinha. Eu disse: "Há mais ainda para serem apanhadas nesses arbustos." Começaram a colhê-las, mas logo pararam, dizendo: "Não é justo que apanhemos aqui; a senhora encontrou este lugar e a fruta é sua." Repliquei, porém: "Isso não importa. Apanhem onde encontrarem alguma. Este é o campo de Deus, e estas são Suas frutas; tendes o privilégio de apanhá-las." OE 137 1 Mas dentro em pouco pareceu-me estar novamente só. De quando em quando ouvia conversas e risos no carro. Perguntei aos que aí se achavam: "Que estão fazendo?" Responderam: "Não pudemos encontrar nada, e como estivéssemos cansados e com fome, pensamos em vir para o carro e fazer um lanche. Depois de havermos descansado um pouco, haveremos de sair outra vez." OE 137 2 "Mas", disse eu, "vocês não trouxeram ainda nada. Estão comendo todas as nossas provisões, sem nos dar nada. Não posso comer agora; há muita fruta para apanhar. Vocês não a encontraram porque não procuraram atentamente. Não está do lado de fora dos arbustos; é preciso procurá-la. Na verdade não a poderão apanhar a mãos-cheias; olhando, porém, com cuidado entre as verdes, hão de encontrar frutas excelentes." OE 137 3 Dentro em pouco meu baldezinho estava cheio delas, e levei-as para o carro. Eu disse: "Esta é a melhor fruta que já apanhei, e colhi-a aqui, por perto, ao passo que vocês se fatigaram procurando-a inutilmente a distância." OE 137 4 Então todos vieram ver minhas frutas. Disseram: "Essas são frutas de arbustos altos, durinhas e boas. Não pensávamos que se pudesse achar alguma coisa nos arbustos altos, de maneira que procuramos nos pés baixos apenas, e só encontramos algumas delas." OE 138 1 Então eu disse: "Guardarão essas frutas e depois irão comigo procurar mais nos arbustos altos?" Mas eles não se tinham preparado para acondicionar as frutas. Havia pratos e sacos em abundância, mas haviam sido usados para guardar comida. Fiquei cansada de esperar, e afinal indaguei: "Não vieram apanhar frutas? Então como não estão preparados para acondicioná-las?" OE 138 2 Um respondeu: "Irmã White, não esperávamos realmente encontrar frutas num lugar onde havia tantas casas, e tantas pessoas passando; mas como a senhora parecia tão ansiosa de as colher, decidimos vir junto. Pensamos em trazer bastante para comer, e gozar o recreio, caso não as apanhássemos." OE 138 3 Respondi: "Não posso compreender essa espécie de trabalho. Voltarei para os arbustos imediatamente. O dia já vai adiantado, em breve a noite chegará, quando não poderemos apanhar nenhuma fruta." Alguns foram comigo, mas outros permaneceram próximo do carro, para comer. OE 138 4 Num lugar reuniram-se um pequeno grupo, e ocupavam-se em falar acerca de alguma coisa na qual pareciam muito interessados. Aproximei-me, e vi que uma criancinha que se achava nos braços de uma mulher, havia-lhes atraído a atenção. Eu disse: "Vocês não têm senão pouco tempo, e fariam melhor em trabalhar enquanto podem." OE 138 5 A atenção de muitos foi atraída por um casal de jovens que estavam apostando corrida para o carro. Aí chegando, estavam tão cansados, que tiveram de sentar-se e descansar. Outros se haviam atirado também à relva em busca de repouso. OE 138 6 Assim passou o dia, e bem pouco se havia feito. Afinal eu disse: "Irmãos, vocês chamam a isso uma expedição mal-sucedida. Se essa é a maneira por que trabalham, não admiro sua falta de êxito. Seu sucesso ou fracasso, depende da maneira em que lançam mão da obra. Há frutas aqui; pois eu as encontrei. Alguns de vocês andaram procurando nos pés baixos, em vão; outros encontraram algumas; mas os arbustos grandes foram passados por alto, simplesmente porque não esperavam achar frutas aí. Vêem que as frutas que eu apanhei são grandes e maduras. Dentro em pouco outras amadurecerão, e podemos tornar a percorrer esses arbustos. Foi essa a maneira em que fui ensinada a apanhar frutas. Se vocês houvessem procurado perto do carro, teriam encontrado da mesma maneira que eu. OE 139 1 "A lição que vocês deram hoje aos que estão aprendendo a fazer essa espécie de serviço, será seguida por eles. O Senhor tem colocado esses arbustos frutíferos mesmo no meio desses lugares densamente povoados, e espera que os encontrem. Mas vocês têm estado todos muito ocupados em comer e divertir-se. Não vieram ao campo com a sincera decisão de encontrar frutas. OE 139 2 "Devem, daqui em diante, trabalhar com mais zelo e fervor, e com objetivo inteiramente diverso, ou seus trabalhos nunca serão bem-sucedidos. Trabalhando na devida maneira, ensinarão aos obreiros mais jovens que coisas como comer e divertir-se são de menor importância. Foi difícil trazer o carro de provisões para o terreno, mas vocês pensaram mais nelas, do que nas frutas que deviam levar para casa em resultado de seus labores. Devem ser diligentes, primeiro para apanhar as frutas que estão mais próximas de vocês, e depois procurar as que se encontram mais afastadas; em seguida poderão voltar e trabalhar perto outra vez, e assim serão bem-sucedidos." ------------------------Capítulo 27 -- Requisitos essenciais ao serviço Simpatia OE 140 1 Deus deseja unir Seus obreiros por uma simpatia comum, uma pura afeição. É a atmosfera de amor cristão que circunda a alma do crente, que o torna um cheiro de vida para a vida, e habilita Deus a abençoar-lhe os esforços. O cristianismo não cria muros de separação entre o homem e seus semelhantes, mas liga as criaturas humanas com Deus e umas com as outras. OE 140 2 Notai quão terno e piedoso é o Senhor em Seu trato com Suas criaturas. Ele ama o filho transviado, e suplica-lhe que volte. O braço do Pai enlaça o filho arrependido; Suas vestes cobrem-lhe os andrajos; coloca-se-lhe no dedo o anel, como penhor de sua realeza. E todavia quantos não há que olham para o pródigo, não somente com indiferença, mas desdenhosamente! Como o fariseu, dizem: "Deus, graças Te dou porque não sou como os demais homens." Lucas 18:11. Como, porém, pensais, olhará Deus aqueles que, ao passo que pretendem ser coobreiros de Cristo, enquanto uma alma está sustendo uma luta contra a enchente da tentação, ficam à parte, como o irmão mais velho da parábola, obstinados, caprichosos e egoístas? OE 140 3 Quão pouco nos ligamos com Cristo em simpatia naquilo que devia ser o mais forte laço de união entre nós e Ele -- a compaixão para com as almas depravadas, culpadas, sofredoras, mortas em ofensas e pecados! A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado. Muitos pensam que estão representando a justiça de Deus, ao passo que deixam inteiramente de Lhe representar a ternura e o grande amor. Muitas vezes aqueles a quem eles tratam com severidade e rispidez, se acham sob o jugo da tentação. Satanás está lutando com essas almas, e palavras ásperas, destituídas de simpatia, desanimam-nas, fazendo-as cair presa do poder do tentador.... OE 141 1 Necessitamos mais da simpatia natural de Cristo; não somente simpatia pelos que se nos apresentam irrepreensíveis, mas pelas pobres almas sofredoras, em luta, que são muitas vezes achadas em falta, pecando e se arrependendo, sendo tentadas e vencidas de desânimo. Devemos dirigir-nos a nossos semelhantes tocados -- como nosso misericordioso Sumo Sacerdote -- pelo sentimento de suas enfermidades. -- A Ciência do Bom Viver, 163, 164. Integridade OE 141 2 Necessitam-se neste tempo homens de coragem provada e firme integridade, homens que não temam erguer a voz na defesa do direito. Desejo dizer a todo obreiro: Que a integridade caracterize cada ato em todos os vossos deveres oficiais. Todos os dízimos, todo o dinheiro que vos é confiado para qualquer fim especial, deve ser prontamente posto no lugar devido. O dinheiro dado para a causa de Deus, não deve ser aplicado em uso pessoal, com a idéia de que pode ser restituído mais tarde. Isto é proibido pelo Senhor. É uma tentação daquele que produz o mal e o mal somente. O ministro que recebe fundos para o tesouro do Senhor, deve passar ao doador um recibo do mesmo, com a data. Então, sem esperar ser tentado por aperto financeiro a se servir desses meios, deposite-os em lugar de onde os possa tirar prontamente quando forem solicitados. União com Cristo OE 142 1 Uma ligação vital com o Sumo Pastor, há de fazer do subpastor um representante vivo de Cristo, uma verdadeira luz para o mundo. É necessária a compreensão de todos os pontos de nossa fé, mas de importância ainda maior, é que o ministro seja santificado mediante a verdade que apresenta. OE 142 2 O obreiro que conhece a significação da união com Cristo, tem um sempre crescente desejo e aptidão de apreender o sentido do serviço feito para Deus. Seu conhecimento amplia-se; pois crescer em graça quer dizer possuir crescente capacidade de compreender as Escrituras. Esse é na verdade coobreiro de Deus. Compreende que não é senão um instrumento, e que deve ser passivo nas mãos do Mestre. Sobrevêm-lhe provações; pois a menos que seja assim provado, nunca poderá reconhecer sua falta de sabedoria e experiência. Mas, se buscar ao Senhor com humildade e confiança, todas as provas contribuirão para seu bem. Talvez pareça fracassar por vezes, mas esse aparente fracasso pode ser o instrumento de Deus para o fazer avançar realmente, e pode importar num melhor conhecimento de si mesmo e numa confiança mais firme no Céu. Ele pode ainda cometer erros, mas aprenderá a não os repetir. Torna-se mais forte para resistir ao mal, e outros colhem benefícios de seu exemplo. Humildade OE 142 3 O ministro de Deus deve possuir, em alto grau, a humildade. Os que possuem mais profunda experiência nas coisas de Deus, são os que mais se afastam do orgulho e da presunção. Como tenham elevada concepção da glória de Deus, sentem que lhes é demasiado honroso ocupar o mais humilde lugar em Seu serviço. OE 143 1 Quando Moisés desceu do monte depois de quarenta dias passados em comunhão com Deus, não sabia que seu rosto resplandecia com um brilho que atemorizava os que o viam. OE 143 2 Paulo possuía uma bem humilde opinião de seus progressos na vida cristã. Fala de si mesmo como do principal dos pecadores. E diz ainda: "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito." Filipenses 3:12. E todavia Paulo fora altamente honrado pelo Senhor. OE 143 3 Nosso Salvador declarou que João Batista era o maior dos profetas; no entanto, quando interrogado se era o Cristo, João declarou ser indigno sequer de desatar as alparcas de seu Senhor. Quando os discípulos dele se aproximaram com a queixa de que todos os homens se estavam voltando para o novo Mestre, João lhes recordou que ele próprio não passava de precursor dAquele que havia de vir. OE 143 4 Obreiros com tal espírito são hoje necessários. Os presunçosos, satisfeitos consigo mesmos, podem bem ser poupados à obra de Deus. Nosso Senhor pede obreiros que, sentindo a própria necessidade do sangue expiador de Cristo, entrem em Sua obra, não com jactância ou suficiência própria, mas com inteira certeza de fé, compreendendo que hão de necessitar sempre do auxílio de Cristo a fim de saber lidar com o espírito dos homens. Fervor OE 143 5 Há necessidade de um fervor maior. O tempo está passando rapidamente, e necessitam-se homens dispostos a trabalhar como Cristo o fazia. Não é bastante viver uma vida sossegada, cheia de oração. O meditar somente não satisfará a necessidade do mundo. Religião não deve ser em nossa vida uma influência subjetiva. Temos de ser cristãos bem alerta, enérgicos e ardorosos, cheios do desejo de comunicar aos outros a verdade. OE 144 1 O povo precisa ouvir as novas da salvação mediante a fé em Cristo, e, por meio de fervorosos e fiéis esforços a mensagem lhes deve ser comunicada. Temos de anelar almas, por elas orar e trabalhar. Veementes apelos devem ser feitos, fervorosas orações dirigidas. Nossas súplicas fracas e sem vida, precisam transformar-se em petições de intenso fervor. Coerência OE 144 2 O caráter de muitos que professam piedade, é imperfeito e unilateral. Isso mostra que, como discípulos na escola de Cristo, têm aprendido muito imperfeitamente as lições. Alguns que aprenderam a imitar a Cristo na mansidão, não Lhe apresentam a diligência no fazer bem. Outros são ativos e zelosos, mas são jactanciosos; nunca aprenderam a humildade. Outros ainda deixam a Cristo fora de seu trabalho. Podem ser agradáveis de maneiras; podem mostrar simpatia para com seus semelhantes; mas não têm o coração concentrado no Salvador, nem aprenderam a linguagem do Céu. Não oram como Cristo orava, não dão o valor que Ele dava às almas; não aprenderam a suportar fadiga em seus esforços pelas almas. Alguns, conhecendo pouco do poder transformador da graça, tornam-se egoístas, críticos, ásperos. Outros são plásticos e condescendentes, pendendo ora para um lado ora para outro, para agradar seus semelhantes. OE 144 3 Não importa quão zelosamente seja advogada a verdade, se a vida diária não testemunhar de seu poder santificador, as palavras faladas de nada aproveitarão. Uma conduta incoerente endurece o coração e estreita o espírito do obreiro, colocando também pedras de tropeço no caminho daqueles por quem ele trabalha. A vida diária OE 145 1 O ministro deve achar-se livre de toda desnecessária perplexidade temporal, a fim de se poder entregar inteiramente a sua santa vocação. Cumpre-lhe orar muito, e sujeitar-se sob a disciplina de Deus, para que sua vida revele os frutos do verdadeiro domínio de si mesmo. Sua linguagem precisa ser correta; nada de frases de gíria, nem de palavras vulgares devem-lhe sair dos lábios. Seu vestuário deve estar em harmonia com o caráter da obra que está fazendo. Esforcem-se os ministros e professores por atingir a norma estabelecida nas Escrituras. Não se esqueçam das pequeninas coisas que são muitas vezes consideradas sem importância. A negligência das coisas pequenas leva muitas vezes ao descuido das responsabilidades maiores. OE 145 2 Os obreiros da vinha do Senhor têm o exemplo do bem em todos os séculos para os animar. Têm também o amor de Deus, o ministério dos anjos, a simpatia de Jesus e a esperança de atrair almas para o bem: "Os entendidos, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão com as estrelas sempre e eternamente." Daniel 12:3. As Relações Sociais OE 146 1 Testimonies for the Church 3:228, 238, 241. Requisitos Essenciais ao Serviço OE 146 2 Testimonies for the Church 7:50. Testimonies for the Church 9:30-32, 222. Simpatia OE 146 3 A Ciência do Bom Viver, 156-158. Parábolas de Jesus, 385-388. Atos dos Apóstolos, 516. Integridade OE 146 4 Testimonies for the Church 2:518, 519. Testimonies for the Church 4:353. União com Cristo OE 146 5 Testimonies for the Church 6:467. O Desejado de Todas as Nações, 666-680. Humildade OE 146 6 Testimonies for the Church 3:287. Testimonies for the Church 4:340. Testimonies for the Church 7:17. O Desejado de Todas as Nações, 135, 246, 432, 442. Parábolas de Jesus, 158-163, 363, 364, 402, 404. Zelo OE 146 7 Testimonies for the Church 4:396. Testimonies for the Church 6:14-22, 417-420, 479-482. Testimonies for the Church 7:9-33. Testimonies for the Church 8:9-23. Parábolas de Jesus, 390-404. A Vida Diária OE 146 8 Testimonies for the Church 2:75. Testimonies for the Church 9:21. ------------------------Capítulo 28 -- "Pregues a palavra" OE 147 1 "Conjuro-te pois diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no Seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:1, 2. OE 147 2 Nessas incisivas e fortes palavras, torna-se patente o dever do ministro de Cristo. Ele tem de pregar a "palavra", não as opiniões e tradições dos homens, não fábulas aprazíveis ou histórias sensacionais, para mover a imaginação e excitar as emoções. Não deve exaltar-se, mas, como na presença de Deus, colocar-se perante o mundo a perecer, e pregar a palavra. Não deve haver nenhuma leviandade, nenhuma frivolidade, nenhuma interpretação fantasiosa; o ministro deve falar com sinceridade e profunda seriedade, como uma voz vinda de Deus a expor as Sagradas Escrituras. Cumpre-lhe oferecer aos ouvintes aquilo que é de maior interesse para seu bem presente e eterno. OE 147 3 Irmãos meus que ministrais, ao vos achardes perante o povo, falai do que é essencial, o que instrui. Ensinai as grandes verdades práticas que devem ser introduzidas na vida. Ensinai o poder salvador de Jesus, "em quem temos a redenção... a saber, a remissão dos pecados". Colossences 1:14. Esforçai-vos por fazer com que vossos ouvintes compreendam o poder da verdade. OE 148 1 Os ministros devem apresentar a firme palavra da profecia como o fundamento da fé dos adventistas do sétimo dia. As profecias de Daniel e Apocalipse devem ser cuidadosamente estudadas e, em ligação com elas, as palavras: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. OE 148 2 O capítulo vinte e quatro de Mateus é-me apresentado repetidamente como devendo ser exposto à atenção de todos. Vivemos atualmente no tempo em que as predições deste capítulo se estão cumprindo. Expliquem nossos ministros e mestres essas profecias àqueles que estão instruindo. Deixem fora de seus discursos assuntos de menor importância, e apresentem as verdades que hão de decidir o destino das almas. OE 148 3 O tempo em que vivemos pede vigilância contínua, e os ministros de Deus devem apresentar a luz sobre a questão do sábado. Devem advertir os habitantes do mundo quanto a estar Cristo para vir em breve, com poder e grande glória. A última mensagem de advertência ao mundo tem de levar homens a ver a importância que o Senhor dá à Sua lei. Tão claramente deve a mensagem ser apresentada, que nenhum transgressor, ouvindo-a, seja desculpável em deixar de discernir a importância de obedecer aos mandamentos de Deus. OE 148 4 Fui instruída a dizer: Reuni das Escrituras as provas de que Deus santificou o sétimo dia, e leiam-se essas provas perante a congregação, mostre-se aos que não têm ouvido a verdade, que todos quantos se desviam de um claro "Assim diz o Senhor", têm de sofrer os resultados de seu procedimento. Em todos os séculos o sábado tem sido a prova de lealdade a Deus. "Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre", declara o Senhor. Êxodo 31:17. Excessiva diplomacia nas coisas sagradas OE 149 1 O evangelho sofre agora oposição de todos os lados. A confederação do mal nunca esteve tão forte como atualmente. Os espíritos do mal se estão combinando com agentes humanos para combater os mandamentos de Deus. A tradição e a mentira são exaltados acima das Escrituras; a razão e a ciência acima da revelação; o talento humano acima dos ensinos do Espírito; formas e cerimônias acima do poder vital da piedade. Pecados ofensivos têm separado o povo de Deus. A infidelidade se está rapidamente tornando moda. "Não queremos que Este reine sobre nós", é a linguagem de milhares. Os ministros de Deus devem erguer a voz como uma trombeta, e mostrar ao povo as suas transgressões. Os sermões suaves tão freqüentemente pregados, não fazem impressão duradoura. Os homens não são tocados até ao fundo do coração, porque as claras e penetrantes verdades da Palavra de Deus não lhes são ditas. OE 149 2 Muitos dos que professam crer na verdade, diriam, caso exprimissem seus sentimentos reais: "Que necessidade há de se falar tão positivamente?" Bem poderiam então perguntar: "Por que necessitava João Batista de dizer aos fariseus: 'Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?' Mateus 3:7. Que necessidade tinha ele de provocar a ira de Herodias, dizendo a Herodes que lhe era ilícito viver com a mulher de seu irmão? Perdeu a vida, por falar assim positivamente. Por que não poderia ter agido de maneira a não incorrer na cólera de Herodias?" OE 150 1 Assim têm os homens raciocinado, até que a excessiva diplomacia tomou o lugar da fidelidade. Permite-se ao pecado passar sem repreensão. Quando se há de ouvir mais uma vez na igreja a voz da repreensão fiel: "Tu és este homem"? 2 Samuel 12:7. Não fossem tão raras essas palavras, e veríamos mais do poder de Deus. Os mensageiros do Senhor não se devem queixar de que seus esforços sejam infrutíferos, enquanto não se arrependerem de seu amor pela aprovação, seu desejo de agradar aos homens, o qual os leva a suprimir a verdade, e a clamar: Paz, quando Deus não falou paz. OE 150 2 Oxalá todo ministro de Deus compreendesse a santidade de sua obra e de sua vocação. Como mensageiros divinamente indicados, os ministros se acham em posição de terrível responsabilidade. Cumpre-lhes trabalhar, da parte de Cristo, como despenseiros dos mistérios do Céu, animando os obedientes e advertindo os desobedientes. A norma mundana não deve influir em sua conduta. Eles não se devem apartar jamais da vereda em que Jesus lhes pediu que andassem. Cumpre-lhes avançar em fé, lembrando-se de que estão rodeados de uma nuvem de testemunhas. Não devem falar suas próprias palavras, mas as que Aquele que é maior que os potentados da Terra lhes pediu que falassem. Sua mensagem tem de ser: "Assim diz o Senhor." OE 150 3 Deus pede homens que, como Natã, Elias e João, apresentem destemidamente Sua mensagem, a despeito das conseqüências; que falem a verdade, embora isso importe no sacrifício de tudo quanto possuam. Como setas agudas OE 150 4 As palavras de Cristo eram como setas agudas, que iam ao alvo, e feriam o coração de Seus ouvintes. Todas as vezes que Se dirigia ao povo, fosse grande ou pequeno Seu auditório, Suas palavras exerciam sobre alguém efeito salvador. Nenhuma mensagem que caísse de Seus lábios se perdia. Cada palavra que proferia revelava nova responsabilidade aos que O ouviam. E hoje em dia, os ministros que estão anunciando em sinceridade a última mensagem de misericórdia ao mundo, dependendo de Deus quanto a forças, não precisam recear que seus esforços sejam vãos. Embora olho algum possa ver o caminho da seta da verdade, quem pode dizer que ela não atingiu o alvo, e penetrou no coração dos que a ouviram? Se bem que nenhum ouvido humano haja percebido o grito da alma ferida, todavia a verdade abriu silenciosamente caminho para o coração. Deus falou à alma; e, no dia do ajuste final de contas, Seus fiéis ministros achar-se-ão com os troféus da graça remidora, para dar honra a Cristo. OE 151 1 Ninguém pode dizer o que se perde por tentar pregar sem a unção do Espírito Santo. Há, em todas as congregações, pessoas que se acham hesitantes, quase decididas a se pôr inteiramente do lado de Deus. Estão-se tomando decisões; demasiadas vezes, porém, o ministro não possui o espírito e poder da mensagem, e não se faz nenhum apelo direto aos que estão oscilando na balança. OE 151 2 Nesta época de trevas morais, é preciso alguma coisa mais do que secas teorias para mover as almas. Os ministros devem manter ligação viva com Deus. Devem pregar como quem crê naquilo que diz. Verdades vivas, caindo dos lábios do homem de Deus, farão com que os pecadores tremam, e os convictos exclamem: O Senhor é meu Deus; estou resolvido a colocar-me inteiramente do lado do Senhor. OE 151 3 O mensageiro de Deus nunca deve deixar de esforçar-se por obter mais luz e poder. Ele deve lidar sempre, orar sempre, sempre esperar, por entre desânimos e trevas, decidido a adquirir um perfeito conhecimento das Escrituras, e a não ficar atrás em dom algum. Enquanto houver uma alma a receber benefício, ele deve avançar sempre com renovada coragem a cada esforço. Enquanto for verdade que Jesus disse: "Não te deixarei, nem te desampararei" (Hebreus 13:5), e a coroa da justiça for oferecida ao vencedor, enquanto nosso Advogado interceder em favor do pecador, os ministros de Cristo devem trabalhar com esperançosa e infatigável energia, e perseverante fé. OE 152 1 Os homens que assumem a responsabilidade de apresentar ao povo a palavra provinda da boca de Deus, tornam-se responsáveis pela influência que exercem em seus ouvintes. Se são verdadeiros homens de Deus, saberão que o objetivo de pregar não é entreter. Não é meramente fornecer informações, nem convencer o intelecto. OE 152 2 A pregação da palavra deve apelar para a inteligência, e comunicar conhecimento, mas cumpre-lhe fazer mais que isso. A palavra do ministro, para ser eficaz, tem de atingir o coração dos ouvintes. Não deve introduzir histórias divertidas na pregação. Cumpre-lhes esforçar-se por compreender a grande necessidade e anelo da alma. Ao achar-se perante sua congregação, lembre-se de que há entre os ouvintes pessoas em luta com a dúvida, quase em desespero, quase sem esperança; pessoas que, constantemente assediadas pela tentação, estão combatendo um duro combate contra o adversário das almas. Peça ele ao Salvador que lhe dê palavras que sirvam para fortalecer essas almas para o conflito contra o mal. ------------------------Capítulo 29 -- Partindo o pão da vida para as almas OE 153 1 Muitos daqueles por quem nossos ministros trabalham são ignorantes das verdades da Bíblia e das exigências de Deus, e as mais simples lições quanto à piedade prática, são para eles uma nova revelação. Esses precisam saber o que é a verdade, e, ao trabalhar em favor deles, o ministro não deve considerar assuntos que sirvam simplesmente para agradar a imaginação ou satisfazer a curiosidade. Parta ele, ao contrário, o pão da vida para essas almas famintas. Ele nunca deve pregar um sermão que não ajude os ouvintes a ver mais claramente o que têm de fazer para salvar-se. OE 153 2 As exigências imediatas, as provas presentes -- são coisas para as quais homens e mulheres necessitam de auxílio no momento. O ministro pode elevar-se às nuvens mediante poéticas descrições e imaginosas apresentações, as quais agradam aos sentidos e alimentam a imaginação, mas não tocam à experiência da vida, as necessidades diárias. Talvez ele pense que, mediante sua imaginosa eloqüência, alimentou o rebanho de Deus; seus ouvintes poderão pensar que nunca dantes viram a verdade assim revestida de tão bela linguagem. Acompanhai, porém, da causa para o efeito, o êxtase dos sentimentos produzidos por essas fantasiosas imagens, e vereis que, se bem que talvez tenham sido apresentadas algumas verdades, esses sermões não fortalecem os ouvintes para as diárias batalhas da vida. OE 153 3 Aquele que faz da eloqüência o mais elevado objetivo em suas pregações, faz com que o povo esqueça a verdade que se acha de mistura com sua oratória. Em havendo passado a emoção, verificar-se-á que a Palavra de Deus não se firmou na mente, nem lucraram os ouvintes em entendimento. Podem falar acerca da eloquência do ministro em termos cheios de admiração, mas não foram em nada levados mais perto da decisão. Falam do sermão como o fariam de uma peça de teatro, e do ministro como o fariam de um ator. Eles poderão voltar a escutar tais discursos, mas dali sairão sem haver recebido impressão nem alimento. OE 154 1 Não é de discursos floreados que se necessita, nem de uma torrente de palavras destituídas de significação. Nossos ministros devem falar de maneira que ajudem o povo a apreender a verdade vital. Meus irmãos, não vos alceis a alturas em que o povo comum não vos possa seguir, e onde, pudessem eles acompanhar-vos, não seriam beneficiados nem receberiam bênçãos. Ensinai as simples lições dadas por Cristo. Contai a história de Sua vida de abnegação e sacrifício, Sua humilhação e morte, ressurreição e ascensão, Sua intercessão pelos pecados nas cortes do Alto. Há, em todas as congregações, almas sobre quem o Espírito do Senhor Se está movendo; ajudai-as a compreender o que é a verdade; reparti com elas o pão da vida; chamai sua atenção para as questões vitais. OE 154 2 Há muitas vozes advogando o erro; que a vossa defenda a verdade. Apresentai assuntos que sejam como verdes pastos para as ovelhas do rebanho de Deus. Não leveis vossos ouvintes a regiões agrestes, onde se não encontrarão mais próximos da fonte da água viva do que o estavam antes de vos ouvir. Apresentai a verdade como é em Jesus, tornando claras as exigências da lei e do evangelho. Apresentai a Cristo, o caminho, a verdade e a vida, e falai de Seu poder de salvar a todos quantos a Ele se chegam. O Capitão de nossa salvação está intercedendo por Seu povo, não como um suplicante que quer mover a compaixão do Pai, mas como um vencedor, que reclama os troféus da Sua vitória. Ele é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos por intermédio dEle se aproximam de Deus. Tornai bem claro este fato. OE 155 1 A menos que os ministros sejam cautelosos, hão de ocultar a verdade sob ornamentos humanos. Não pense nenhum ministro que pode converter almas com sermões eloqüentes. Os que ensinam a outros devem suplicar a Deus que lhes comunique Seu Espírito, e os habilite a exaltar a Cristo como a única esperança do pecador. Linguagens floreadas, contos agradáveis, ou anedotas impróprias, não convencem o pecador. Os homens ouvem tais palavras, como o fariam a uma canção aprazível. A mensagem que o pecador deve ouvir, é: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. A recepção do evangelho não depende de testemunhos eruditos, de discursos eloqüentes, ou de argumentos profundos, mas de sua simplicidade, e de sua adaptação aos que se acham famintos do pão da vida. OE 155 2 A eficiência do Espírito Santo é que torna eficaz o ministério da palavra. Quando Cristo fala por intermédio do ministro, o Espírito Santo prepara o coração dos ouvintes para receber a palavra. O Espírito Santo não é um servo, mas um poder que rege. Ele faz com que a verdade resplandeça no espírito, e fala através de todo discurso em que o ministro se entrega à operação divina. É o Espírito que envolve a alma numa santa atmosfera, e fala ao impenitente mediante palavras de advertência, indicando-lhe Aquele que tira o pecado do mundo. ------------------------Capítulo 30 -- Pregar a Cristo OE 156 1 Muitas observações têm sido feitas ao fato de, em seus discursos, nossos oradores haverem salientado mais a lei, e não a Cristo. Essa afirmação não é estritamente verídica; mas, não haverá para ela alguma razão? Não têm acaso ocupado o púlpito homens que não possuem experiência genuína nas coisas de Deus, homens que não receberam a justiça de Cristo? Muitos de nossos ministros têm apenas feito sermões, apresentando os assuntos por meio de argumentos, e mencionando pouco o poder salvador do Redentor. Seu testemunho era destituído do sangue salvador de Cristo. Sua oferta assemelhava-se à de Caim. Traziam ao Senhor os frutos da terra, os quais eram, em si mesmos, aceitáveis aos olhos de Deus. Muito bom era, na verdade, o fruto; mas, a virtude da oferta -- o sangue do Cordeiro morto, representando o sangue de Cristo -- isso faltava. O mesmo acontece com sermões destituídos de Cristo. Os homens não são por eles aguilhoados até ao coração; não são levados a indagar: Que devo fazer para me salvar? OE 156 2 De todos os professos cristãos, devem os adventistas do sétimo dia ser os primeiros a exaltar a Cristo perante o mundo. A proclamação da terceira mensagem angélica pede a apresentação da verdade do sábado. Esta verdade, juntamente com outras incluídas na mensagem, tem de ser proclamada; mas o grande centro de atração, Cristo Jesus, não deve ser deixado à parte. Na cruz de Cristo é que a misericórdia e a verdade se encontram, e a justiça e a paz se beijam. O pecador deve ser levado a olhar ao Calvário; com a fé singela de uma criancinha, deve confiar nos méritos do Salvador aceitando Sua justiça, confiando em Sua misericórdia. O amor de Deus OE 157 1 Mediante o amor de Deus os tesouros da graça de Cristo foram abertos perante a igreja e o mundo. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Que maravilhoso, insondável amor, que levou Cristo a morrer por nós, sendo nós ainda pecadores! E que prejuízo sofre a alma que, compreendendo os fortes reclamos da lei, deixa de reconhecer que, onde abundou o pecado, superabundou a graça de Cristo! OE 157 2 Quando a lei é apresentada como deve ser, revela o amor de Deus. Não admira, porém, que os corações não sejam abrandados mesmo pela verdade, quando ela é apresentada de maneira fria e sem vida; não admira que a fé vacile ante as promessas de Deus, quando os ministros e obreiros deixam de apresentar a Jesus em Sua relação para com a lei. OE 157 3 Alguns obreiros na causa de Deus têm sido demasiado prontos a atirar acusações contra o pecador; o amor do Pai em dar Seu Filho para morrer pela humanidade, tem sido conservado em segundo plano. Torne o ensinador da verdade conhecido do pecador o que Deus em verdade é -- um Pai que espera em compassivo amor, receber o pródigo, não lhe lançando acusações iradas, mas preparando um banquete para festejar-lhe a volta. Oh! se aprendêssemos todos a maneira do Senhor no conquistar almas! OE 157 4 Deus quer desviar a mente da convicção da lógica para uma convicção mais profunda, elevada, pura e gloriosa. Muitas vezes a lógica humana tem quase extinguido a luz que Deus quer fazer brilhar em claros raios, para convencer os homens de que o Senhor da Natureza é digno de todo o louvor e glória, porque é o Criador de todas as coisas. OE 158 1 Alguns ministros erram em tornar seus sermões inteiramente argumentativos. Pessoas há que escutam a teoria da verdade, e são impressionadas com as provas apresentadas; então, se Cristo é apresentado como Salvador do mundo, a semente lançada pode brotar e dar frutos para a glória de Deus. Mas freqüentemente a cruz do Calvário não é apresentada perante o povo. Alguns talvez estejam escutando o último sermão que lhes será dado ouvir, e perdida a oportunidade áurea, está perdida para sempre. Se, juntamente com a teoria da verdade, Cristo e Seu amor redentor houvessem sido proclamados, esses poderiam ter sido atraídos para o Seu lado. O caminho para Cristo OE 158 2 Há mais pessoas do que pensamos ansiando por encontrar o caminho para Cristo. Os que pregam a última mensagem de misericórdia, devem ter em mente que Cristo tem de ser exaltado como o refúgio do pecador. Alguns ministros pensam não ser necessário pregar arrependimento e fé; julgam que seus ouvintes se acham relacionados com o evangelho, e que devem ser apresentados assuntos de natureza diferente, a fim de lhes prender a atenção. Muitas pessoas, no entanto, são lamentavelmente ignorantes quanto ao plano da salvação; precisam mais de instrução quanto a esse tema todo-importante, do que sobre qualquer outro. OE 158 3 São essenciais discursos teóricos, para que o povo veja a cadeia da verdade, elo após elo, ligando num todo perfeito; mas nunca se deve pregar um sermão sem apresentar como a base do evangelho a Cristo, e Ele crucificado. Os ministros alcançariam mais corações, se salientassem mais a piedade prática. Freqüentemente, quando se fazem séries de conferências para apresentar a verdade em novos campos, os discursos feitos são grandemente teóricos. O povo é agitado pelo que ouve. Muitos vêem a força da verdade, e ficam ansiosos de pôr os pés num firme fundamento. É então, muito especialmente, o momento de insistir com a consciência quanto à, religião de Cristo. Se se permite que as reuniões terminem sem esse trabalho prático, há grande prejuízo. OE 159 1 Às vezes homens e mulheres sem estarem convertidos, se decidem em favor da verdade devido ao peso das provas apresentadas. A obra do ministro não está completa enquanto ele não fizer sentir a seus ouvintes a necessidade de uma transformação de coração. Em cada discurso devem ser dirigidos ao povo fervorosos apelos para abandonar seus pecados e volver-se a Cristo. Os pecados populares e as condescendências de nossa época devem ser condenados, e ordenada a piedade prática. Sentindo de coração a importância das palavras que profere, o verdadeiro ministro não pode reprimir o interesse espiritual que sente por aqueles por quem trabalha. OE 159 2 Oh! quem me dera servir-me de linguagem suficientemente vigorosa para causar a impressão que desejo sobre meus companheiros de obra no evangelho! Meus irmãos, estais lidando com as palavras da vida; estais tratando com espíritos capazes do máximo desenvolvimento. Cristo crucificado, Cristo ressurgido, Cristo assunto aos Céus, Cristo vindo outra vez, deve abrandar, alegrar e encher o espírito do ministro, por tal forma, que ele apresente estas verdades ao povo em amor, e profundo zelo. O ministro desaparecerá então, e Jesus será revelado. OE 160 1 Exaltai a Jesus, vós que ensinais o povo, exaltai-O nos sermões, em cânticos, em oração. Que todas as vossas forças convirjam para dirigir ao "Cordeiro de Deus" almas confusas, transviadas, perdidas. Erguei-O, ao ressuscitado Salvador, e dizei a todos quantos ouvem: Vinde Àquele que "vos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós". Efésios 5:2. Seja a ciência da salvação o tema central de todo sermão, de todo hino. Seja ela manifestada em toda súplica. Não introduzais em vossas pregações coisa alguma que seja um suplemento a Cristo, a sabedoria e o poder de Deus. Mantende perante o povo a palavra da vida, apresentando Jesus como a esperança do arrependido e a fortaleza de todo crente. Revelai o caminho da paz à alma turbada e acabrunhada, e manifestai a graça e suficiência do Salvador. OE 160 2 Existe apenas uma estrada que conduz das trevas acima, para a luz, até chegar ao trono de Deus -- a estrada da fé. Esta estrada não é escura nem incerta; não é o caminho de mentes finitas, nem uma vereda de feitura humana, na qual se exige tributo de todos os viandantes. A entrada para ela não se pode obter mediante obras de penitência. OE 160 3 O caminho provido por Deus é tão completo, tão perfeito, que o homem não pode, mediante obra alguma que faça, acrescentar à sua perfeição. É largo bastante para receber o mais endurecido pecador, se deveras se arrepende, e todavia demasiado estreito para que nela encontre lugar o pecado. Esta é a vereda destinada a ser seguida pelos remidos do Senhor. ------------------------Capítulo 31 -- A justiça pela fé OE 161 1 O pensamento de que a justiça de Cristo nos é imputada, não por algum mérito de nossa parte, mas como um dom gratuito de Deus, é um precioso pensamento. O inimigo de Deus e do homem não quer que esta verdade seja claramente apresentada; pois sabe que, se o povo a aceitar plenamente, está despedaçado o seu poder. Se ele pode dominar a mente de maneira que a dúvida e a incredulidade e as trevas constituam a experiência dos que professam ser filhos de Deus, ele os pode vencer com a tentação. OE 161 2 Aquela fé simples, que toma a Deus em Sua palavra, deve ser estimulada. O povo de Deus deve ter aquela fé que lança mão do poder divino; "porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus". Efésios 2:8. Os que crêem que Deus, por amor de Cristo, lhes perdoou os pecados, não devem, pela tentação, deixar de prosseguir em combater o bom combate da fé. Sua fé deve-se tornar mais forte, até que sua vida cristã bem como suas palavras, declarem: "O sangue de Jesus Cristo... nos purifica de todo o pecado." 1 João 1:7. OE 161 3 Se queremos ter o espírito e poder da terceira mensagem angélica, temos de apresentar a lei e o evangelho juntos, pois eles andam de mãos dadas. À medida que um poder de baixo está incitando os filhos da desobediência para anular a lei de Deus, e pisar a verdade de que Cristo é nossa justiça, um poder de cima está operando no coração dos leais, para exaltarem a lei, e erguerem a Jesus como Salvador completo. A menos que se introduza poder divino na experiência do povo de Deus, e teorias e idéias falsas lhes empolguem a mente, Cristo e Sua justiça ficarão fora da vida espiritual de muitos, e sua fé será impotente e sem vida. OE 162 1 Os ministros precisam apresentar a Cristo em Sua plenitude, tanto nas igrejas, como em novos campos a fim de que os ouvintes possuam fé inteligente. O povo deve estar instruído de que Cristo lhes é salvação e justiça. É o estudado desígnio de Satanás impedir as almas de crer em Cristo como sua única esperança; pois o sangue de Cristo, que purifica de todo pecado, só é eficaz em favor daqueles que acreditam em Seus méritos, e o apresentam perante o Pai, como fez Abel em sua oferta. OE 162 2 A oferta de Caim foi uma ofensa a Deus, por ser uma oferta destituída de Cristo. O tema de nossa mensagem não é somente os mandamentos de Deus, mas a fé de Jesus. Uma brilhante luz fulge em nossa estrada hoje, e induz a maior fé em Jesus. Devemos receber cada raio de luz, e nele andar, a fim de que se não torne nossa condenação no juízo. Nossos deveres e obrigações se tornam mais importantes ao obtermos visão mais nítida da verdade. A luz manifesta e condena os erros que se ocultavam nas trevas; e, ao chegar a luz, a vida e o caráter dos homens devem mudar correspondentemente, para com ela se harmonizarem. Pecados que eram outrora cometidos por ignorância, devido à cegueira do espírito, já não podem continuar a merecer condescendência sem que se incorra em culpa. À medida que se concede maior luz, os homens se devem reformar, elevar e refinar por ela, ou ficarão mais perversos e obstinados do que antes de ela lhes vir. ------------------------Capítulo 32 -- Conselhos a um evangelista OE 163 1 Caro irmão: ... Tenho, da parte do Senhor, esta mensagem para vós: Sede bondoso no falar, brando na ação. Guardai-vos cuidadosamente, pois sois inclinado a ser severo e autoritário, e a dizer coisas ásperas. O Senhor vos fala, dizendo: Vigiai e orai para que não entreis em tentação. Expressões ásperas ofendem ao Senhor; palavras imprudentes causam dano. É-me ordenado dizer-vos: Sede brando na linguagem; vigiai bem vossas palavras; não permitais que se introduza a dureza em vossa maneira de falar ou nos vossos gestos. Ponde em tudo quanto fizerdes a fragrância da semelhança de Cristo. Não permitais que traços naturais de caráter desfigurem e estraguem vossa obra. Cumpre-vos ajudar e fortalecer os tentados. Não deixeis aparecer o próprio eu em palavras impetuosas. Cristo deu a vida pelo rebanho, e por todos por quem trabalhais. Não consintais que nenhuma palavra vossa faça uma alma pender para a direção errada. No ministério de Cristo é preciso que se revele um caráter semelhante ao de Cristo. OE 163 2 Expressões ásperas, despóticas, não se harmonizam com a sagrada obra que Cristo deu a Seus ministros. Quando a experiência diária é olhar a Jesus e dEle aprender, haveis de revelar caráter são e harmônico. Abrandai vossas manifestações, e não vos permitais proferir palavras condenatórias. Aprendei do grande Mestre. As expressões de bondade e simpatia farão bem como um remédio, e curarão almas em desespero. O conhecimento da Palavra de Deus, introduzido na vida prática, terá uma força saneadora e suavizante. A aspereza no falar nunca há de produzir bênçãos para vós, nem a nenhuma outra alma. OE 164 1 Meu irmão, deveis representar a mansidão, a paciência e a bondade de Cristo. Em vossos discursos perante o público, sejam as vossas manifestações de conformidade com as dEle. "Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos." Tiago 3:17. Vigiai e orai, e vencei a aspereza que em vós por vezes irrompe. Mediante a graça de Cristo operando em vós, vossas palavras se podem santificar. Se vossos irmãos não procedem exatamente como pensais que deveriam fazer, não vos dirijais a eles asperamente. O Senhor tem sido ofendido por vezes com vossas expressões severas. OE 164 2 Vossa vontade deve ser submissa à vontade do Senhor. Necessitais do auxílio do Senhor Jesus. Saiam unicamente de vossos lábios palavras limpas, puras e santificadas; pois, como ministro do evangelho, vosso espírito e exemplo será imitado por outros. Sede bondoso e terno para com as crianças em todas as ocasiões. ... OE 164 3 Haveis de atingir o ideal de Deus, se resolverdes não permitir que o eu se introduza em vossa obra. Saber que vos estais esforçando em espírito e obras para ser semelhante a Cristo, vos dará força, conforto e coragem. É-vos dado o privilégio de vos tornardes manso e humilde de coração; então os anjos de Deus hão de cooperar convosco em vossos esforços de reavivamento. Cristo morreu para que Sua vida pudesse ser vivida em vós, e em todos quantos O tornam seu exemplo. Na força de vosso Redentor, podeis revelar o caráter de Cristo e trabalhar com sabedoria e poder para fazer das veredas tortas veredas retas. Los Angeles, Calif. 22 de Agosto de 1908. ------------------------Capítulo 33 -- Sugestões práticas OE 165 1 Discursos Formais -- Alguns pastores organizam todas as minúcias com tanta exatidão, no preparo de seus discursos, que não deixam margem alguma ao Senhor para lhes dirigir a mente. Cada ponto é fixado, estereotipado, por assim dizer, e eles parecem incapazes de se afastar do plano estabelecido. Isso é um erro grave e, se seguido, fará com que os pastores fiquem estreitos de espírito, e os deixará tão destituídos de vida espiritual e energia, como os montes de Gilboa de orvalho e chuva. OE 165 2 Quando um ministro sente que não pode variar a maneira habitual de um discurso, o efeito é pouco mais do que o de um sermão lido. Discursos sem vida, formais, pouco encerram do poder vitalizante do Espírito Santo; e o hábito de pregar assim há de com efeito destruir a utilidade de um ministro, bem como sua capacidade. OE 165 3 Deus quer que Seus obreiros nEle confiem inteiramente. Devem escutar, para ouvir o que diz o Senhor, perguntando: Qual é a Tua palavra para o povo? Seu coração deve estar aberto, de maneira que Deus lhes possa impressionar o espírito, e então estarão habilitados a comunicar ao povo a verdade que acabam de receber do Céu. O Espírito Santo lhes dará idéias de molde a satisfazer às necessidades dos presentes. OE 165 4 Reverência -- Tenho ouvido alguns ministros falarem acerca da vida e ensinos de Cristo de maneira comum, como se estivessem relatando incidentes da vida de algum grande homem do mundo. Efetivamente, não é raro que ministros falem de Cristo como se fora um homem como eles próprios. Quando ouço esse sagrado tema tratado de modo tal, sinto inexprimível desgosto; pois sei que se bem que esses homens sejam mestres da verdade, nunca tiveram uma exaltada visão de Cristo; nunca estiveram familiarizados com Ele. Não possuem aquela elevação de pensamentos que lhes facultaria uma clara concepção do caráter do Redentor do mundo. OE 166 1 Os que possuem a devida visão do caráter e obra de Cristo, não confiarão nos próprios méritos, nem serão presunçosos. A fraqueza e ineficácia de seus esforços, em comparação com os do Filho de Deus, conservá-los-ão humildes, sem confiar no próprio eu, levando-os a contar com Cristo quanto a forças para realizar sua obra. Fixar os olhos sempre em Cristo e em Seus méritos, inteiramente suficientes, aumenta a fé, aviva a faculdade do discernimento espiritual, avigora o desejo de se assemelhar a Ele, e traz à oração um fervor que a torna eficaz. OE 166 2 Anedotas Inoportunas -- Os pastores não se devem habituar a relatar anedotas inoportunas em conexão com seus sermões; pois isso redunda em detrimento da força da verdade presente. A narração de anedotas ou incidentes que produzem hilaridade, ou um pensamento frívolo no espírito dos ouvintes, é severamente censurável. A verdade deve ser revestida de linguagem casta e digna; e as ilustrações empregadas precisam ser do mesmo caráter. OE 166 3 Como Vencer a Falta de Atenção -- Muitas vezes o ministro é forçado a pregar numa sala apinhada, onde o calor é excessivo. Os ouvintes se tornam sonolentos, os sentidos adormecidos, e é-lhes quase impossível apreender as verdades apresentadas. OE 167 1 Se, em lugar de lhes pregar, o orador tentasse ensiná-los, falar-lhes em tom de palestra, e dirigir-lhes perguntas, sua mente seria ativada, e seriam capazes de compreender mais claramente as palavras proferidas. OE 167 2 Congregações Pequenas -- Não desanimeis quando houver apenas poucas pessoas presentes para ouvir a pregação. Mesmo que tenhais apenas duas ou três pessoas, quem sabe se não haverá uma com quem o Espírito do Senhor está lutando? O Senhor vos poderá dar uma mensagem para essa alma, e ela, se convertida, talvez seja o instrumento para chegar a outros. Sem que o saibais, os resultados de vosso labor poderão ser mil vezes multiplicados. OE 167 3 Não olheis aos assentos vazios, deixando vossa fé e coragem desfalecerem. Pensai, porém, no que Deus está fazendo para levar Sua verdade ao mundo. Lembrai-vos de que estais cooperando com agentes divinos -- agentes que não falham nunca. Falai com tanto fervor, com tanta fé e interesse, como se houvesse milhares presentes para escutar vossa voz. OE 167 4 Certo ministro foi a sua igreja, para pregar, numa manhã chuvosa, e viu que tinha por auditório um único homem. Não queria, no entanto, decepcionar esse ouvinte, e pregou para ele com zelo e interesse. Em resultado, o homem se converteu, e tornou-se missionário, e mediante seus esforços milhares ouviram as boas novas de salvação. OE 167 5 Sermões Curtos -- Que a mensagem para este tempo não seja apresentada em discursos longos e elaborados, mas em palestras breves e incisivas, isto é, que vão diretamente ao ponto. Sermões prolongados fatigam a resistência do orador e a paciência dos ouvintes. Se o pregador é daqueles que sentem a importância de sua mensagem, precisa ser especialmente cuidadoso para que não sobrecarregue suas energias físicas, e dê ao povo mais do que pode reter. OE 168 1 Não penseis, depois de haverdes apresentado uma vez um assunto, que vossos ouvintes vão conservar na memória tudo quanto apresentastes. Há perigo em passar muito rapidamente de um a outro ponto. Dai lições curtas, em linguagem clara e simples, e repeti-as muitas vezes. Os sermões curtos serão muito mais lembrados do que os longos. Aqueles que falam devem lembrar que os assuntos que estão apresentando talvez sejam novos para alguns dos ouvintes; portanto, os pontos principais devem ser repassados uma e outra vez. OE 168 2 Sem Rodeios -- Muitos oradores perdem o tempo e as energias em longos preliminares e desculpas. Alguns gastam cerca de meia hora em apresentar escusas; assim se perde o tempo e, quando chegam ao assunto e procuram firmar os pontos da verdade no espírito dos ouvintes, estes se acham fatigados e não lhes podem sentir a força. OE 168 3 Em lugar de se escusar por ter de se dirigir ao povo, o ministro deve começar como quem sabe que está apresentando uma mensagem de Deus. Cumpre-lhe tornar tão distintos os pontos essenciais da verdade, como os marcos miliários, de maneira que o povo os não deixe de ver. OE 168 4 O tempo é freqüentemente desperdiçado em explicar pontos que na verdade não são importantes, e seriam aceitos sem a apresentação de provas. Os pontos vitais, porém, devem ser tornados tão claros e impressivos quanto o permitam a linguagem e as provas. OE 169 1 Concentração -- Alguns têm cultivado o hábito de demasiada concentração. A faculdade de fixar a mente num assunto com exclusão de todos os demais, é boa até certo ponto, mas os que põem todo o vigor da mente em determinado sentido, são muitas vezes deficientes em outros pontos. Na conversação, essas pessoas se tornam fastidiosas, e fatigam o ouvinte. Seu estilo, quando escrevem, carece de plasticidade. Ao falarem em público, o assunto que têm em mente lhes absorve a atenção, e são arrastados a aprofundar-se mais e mais no mesmo. Parecem descobrir conhecimento e clareza à medida que se interessam e absorvem, mas poucos há que sejam capazes de os seguir. OE 169 2 Há perigo de que esses homens plantem tão profundo a semente da verdade que, a tenra haste nunca venha a atingir a superfície. Mesmo as verdades mais essenciais, as que são por si mesmas claras e patentes, podem-se achar tão cobertas de palavras que se tornem obscuras e indistintas. OE 169 3 Simplicidade -- O argumento é bom, oportunamente; mas pode-se conseguir muito mais mediante a simples explanação da Palavra de Deus. As lições de Cristo eram tão claramente ilustradas, que os mais ignorantes lhes podiam apanhar facilmente o sentido. Jesus não usava palavras difíceis em Seus discursos; servia-se de linguagem simples, adequada ao espírito do povo comum. Não ia, no assunto que expunha, mais longe do que eles O poderiam acompanhar. OE 170 1 Os ministros devem apresentar a verdade de maneira clara e singela. Há, entre seus ouvintes, muitos que precisam de uma positiva explanação dos passos exigidos na conversão. As grandes massas do povo são mais ignorantes a esse respeito do que se supõe. Entre os formados das escolas superiores, os eloqüentes oradores, hábeis estadistas e homens em elevadas posições de confiança, muitos há que dedicaram suas faculdades a outros assuntos, e negligenciaram as coisas de maior importância. Quando homens tais fazem parte de uma congregação, o orador muitas vezes põe em jogo todas as suas faculdades para produzir um discurso intelectual, e deixa de revelar a Cristo. Não mostra que o pecado é a transgressão da lei. Não torna patente o plano da salvação. Aquilo que teria tocado o coração dos ouvintes, seria apontar-lhes Cristo morrendo para pôr a redenção ao seu alcance. OE 170 2 Reavivamentos -- Quando o Senhor opera mediante instrumentos humanos, quando os homens são movidos com poder do alto, Satanás leva seus agentes a exclamar: "Fanatismo!" e a advertir o povo a não ir a extremos. Cuidem todos quanto a soltar esse brado; pois, conquanto haja moedas falsas, isso não diminui o valor da que é genuína. Porque há reavivamentos e conversões espúrios, não se segue daí que todos os reavivamentos devam ser tidos em suspeita. Não mostremos o desprezo que os fariseus manifestavam quando disseram: "Este homem recebe pecadores." Lucas 15:2. OE 170 3 Há na vida de Cristo o bastante para nos ensinar a não zombar de Sua obra na conversão de almas. As manifestações da graça renovadora de Deus em homens pecadores, fazem com que os anjos se regozijem, mas muitas vezes essa obra, por meio da incredulidade, tem sido qualificada de fanatismo, e o mensageiro por meio de quem Deus operou tem sido julgado como possuidor de um zelo não segundo a sabedoria. OE 171 1 Cultos aos Sábados -- Aquele que é designado para dirigir cultos aos sábados, deve estudar a maneira de interessar os ouvintes nas verdades da Palavra. Não convém que faça sempre tão longos discursos que não haja oportunidade para os presentes confessarem a Cristo. O sermão deve ser, freqüentemente breve, a fim de o povo exprimir seu reconhecimento para com Deus. Ofertas de gratidão glorificam o nome do Senhor. Em cada assembléia dos santos, anjos de Deus escutam o louvor rendido a Jeová em testemunhos, canto e oração. OE 171 2 A reunião de oração e testemunhos, deve ser um período de especial auxílio e animação. Todos devem sentir que é um privilégio tomar parte nela. Que todos os que confessam a Cristo tenham alguma coisa para dizer na reunião de testemunhos. Estes devem ser curtos, e de molde a servir de auxílio aos outros. Não há nada que mate tão completamente o espírito de devoção, como seja uma pessoa levar vinte ou trinta minutos num testemunho. Isso significa morte para a espiritualidade da reunião. ------------------------Capítulo 34 -- O cuidado com as maneiras e o vestuário OE 172 1 O ministro deve lembrar que sua atitude no púlpito, sua maneira de falar, seu vestuário, produzem nos ouvintes impressão favorável ou desfavorável. Cumpre-lhe cultivar a cortesia e a fineza de maneiras, conduzindo-se com a suave dignidade própria de sua alta vocação. Sua conduta deve caracterizar-se por um quê de solenidade e piedosa autoridade, aliado à mansidão. Vulgaridade e rudeza não são toleráveis no trato comum da vida, e muito menos deverão ser permitidas na obra do ministério. A atitude do ministro deve estar em harmonia com as santas verdades que ele proclama. Suas palavras devem ser, a todos os respeitos, cuidadas e bem escolhidas. OE 172 2 Os ministros não têm de modo algum permissão de se conduzir no púlpito como os atores, assumindo atitudes e expressões com fins de mero efeito. Eles não são atores, mas mestres da verdade. Gestos menos dignos, impetuosos, não emprestam nenhum vigor à verdade exposta; ao contrário, desagradam a homens e mulheres que julgam calmamente e vêem as coisas no seu verdadeiro aspecto. OE 172 3 O ministro que aprendeu de Cristo estará sempre consciente de ser um mensageiro de Deus, comissionado por Ele para realizar uma obra cuja influência deve perdurar por toda a eternidade. Não lhe deve absolutamente entrar nas cogitações o chamar sobre si a atenção, sobre seu saber ou capacidade. Seu inteiro objetivo deve ser levar pecadores ao arrependimento, indicando-lhes, tanto por preceito como por exemplo, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Cumpre-lhe falar como alguém que tem a consciência de se achar revestido de poder e autoridade de Deus. Seus discursos devem possuir uma sinceridade, um fervor, um poder de persuasão, que leve os pecadores a se refugiarem em Cristo. OE 173 1 O cuidado no vestuário é digno de consideração. O ministro deve trajar-se de maneira condigna com sua posição. Alguns têm falhado a esse respeito. Em alguns casos, não somente tem havido falta de gosto e boa combinação no vestuário, mas este tem sido desalinhado e sujo. OE 173 2 O Deus do Céu, cujo braço move o mundo, que nos dá vida e nos sustém com saúde, é honrado ou desonrado pelo vestuário dos que oficiam em honra Sua. Ele deu a Moisés instruções especiais relativamente a tudo que dizia respeito ao serviço do tabernáculo, e especificou a vestimenta que deviam usar os que haviam de ministrar perante Ele. "Farás vestidos santos a Arão teu irmão, para glória e ornamento" (Êxodo 28:2), foi a direção dada a Moisés. Tudo que dizia respeito ao vestuário e conduta dos sacerdotes devia ser de molde a impressionar o espectador com um sentimento da santidade de Deus, de Seu culto, e da pureza exigida dos que entravam à Sua presença. OE 173 3 Aos sacerdotes não era permitido entrar no santuário com os sapatos nos pés; pois as partículas de pó a eles aderidas profanariam o lugar santo. Tinham de deixar os sapatos no pátio, antes de entrar no santuário, e também lavar as mãos e pés antes de ministrar no tabernáculo, ou no altar de oferta queimada. Assim era constantemente ensinada a lição de que toda mancha precisa ser removida dos que se chegam à presença de Deus. OE 174 1 A influência do ministro negligente em seu vestuário, é desagradável a Deus, e a impressão causada nos que o ouvem é de que ele não considera a obra em que se acha empenhado mais sagrada do que o trabalho comum. E não somente isso, mas, em lugar de lhes mostrar a importância do traje apropriado e de bom gosto, ele lhes dá um exemplo de relaxamento e desasseio, que alguns não tardam em seguir. OE 174 2 Deus espera que Seus ministros, em maneiras e vestuário, representem devidamente os princípios da verdade e a santidade de seu ofício. Cumpre-lhes estabelecer um exemplo que auxilie homens e mulheres a atingirem norma elevada. OE 174 3 Os homens têm o poder de extinguir o Espírito de Deus; é-lhes deixada a faculdade de escolher. É-lhes permitida liberdade de ação. Podem ser obedientes mediante o nome e a grande de nosso Redentor, ou desobedientes, e sofrer as conseqüências. OE 174 4 O homem é responsável quanto a receber ou rejeitar a verdade sagrada e eterna. O Espírito de Deus está continuamente convencendo, e almas estão decidindo pró ou contra a verdade. Quão importante, pois, que todos os atos da vida sejam tais que deles não se necessite arrepender, especialmente entre os embaixadores de Cristo, que estão agindo em Seu lugar! ------------------------Capítulo 35 -- A oração pública OE 175 1 A oração feita em público deve ser breve, e ir diretamente ao ponto. Deus não requer que tornemos fastidioso o período do culto, mediante longas petições. Cristo não impõe a Seus discípulos fatigantes cerimônias e longas orações. "Quando orares", disse Ele, "não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens." Mateus 6:5. OE 175 2 Os fariseus tinham horas estabelecidas para oração; e quando, como acontecia muitas vezes, eles se achavam fora na hora marcada, paravam, onde quer que estivessem -- talvez na rua ou na praça, entre a turba movimentada dos homens -- e aí, em alta voz, recitavam suas orações formais. Tal culto, prestado apenas para glorificação própria, provocou franca censura de Jesus. Todavia Ele não desacoroçoava a oração pública; pois Ele próprio orava com os discípulos e com a multidão. Mas queria incutir em Seus discípulos o pensamento de que suas orações públicas deviam ser breves. OE 175 3 Alguns minutos são o bastante para qualquer oração pública, em geral. Pode haver casos em que as súplicas sejam de modo especial ditadas pelo Espírito de Deus. A alma suplicante fica angustiada, e geme em busca de Deus. O espírito luta, como fez Jacó, e não ficará sossegado sem a manifestação especial do poder de Deus. Em tais ocasiões pode ser justo que a petição se prolongue mais. OE 175 4 Há muitas orações enfadonhas, que parecem mais uma preleção feita ao Senhor, do que o apresentar-Lhe um pedido. Seria melhor se os que assim procedem se limitassem à prece ensinada por Cristo a Seus discípulos. Orações longas são fatigantes para os que as escutam, e não preparam o povo para escutar as instruções que se devem seguir. OE 176 1 É muitas vezes devido à negligência da oração particular, que em público elas são longas e fastidiosas. Não ponham os ministros em suas petições uma semana de negligenciados deveres, esperando expiar essa falta e tranqüilizar a consciência. Tais orações dão freqüentemente em resultado o enfraquecer a espiritualidade de outros. OE 176 2 Antes de subir ao púlpito, o ministro deve buscar a Deus em seu aposento, e pôr-se em íntima comunhão com Ele. Aí pode ele erguer para Deus a alma sedenta, e ser refrigerado com o orvalho da graça. Então, tendo sobre si a unção do Espírito Santo, fazendo-lhe sentir o cuidado das almas, ele não despedirá uma congregação sem lhe haver apresentado a Jesus Cristo, o único refúgio do pecador. Sentindo que talvez nunca mais se encontre com esses ouvintes, dirigir-lhes-á apelos que lhes hão de tocar o coração. E o Mestre, que conhece o coração dos homens, lhe dará expressões, ajudando-o a proferir as palavras que convêm no momento oportuno, e com poder. Reverência na oração OE 176 3 Alguns consideram ser sinal de humildade orar a Deus de maneira comum, como se estivessem falando com um ser humano. Eles profanam Seu nome misturando desnecessária e irreverentemente em suas orações as palavras -- "Deus, todo-poderoso" -- tremendas e sagradas palavras, que nunca deveriam passar pelos lábios senão em tom submisso, e com sentimento de respeito. OE 177 1 A linguagem floreada é inadequada à oração, seja a petição feita no púlpito, no círculo da família, ou em particular. Especialmente o que ora em público deve servir-se de linguagem simples, para que os outros possam entender o que diz, e unir-se à petição. OE 177 2 É a oração de fé, que vem do coração, que é ouvida no Céu, e atendida na Terra. Deus compreende as necessidades humanas. Sabe o que desejamos antes de Lho pedirmos. Ele vê o conflito da alma com a dúvida e a tentação. Observa a sinceridade do suplicante. Aceita a humilhação da alma e sua aflição. "Mas eis para quem olharei", declara Ele, "para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." Isaías 66:2. OE 177 3 Temos o privilégio de orar com confiança, ditando o Espírito nossas petições. Devemos declarar com simplicidade nossas necessidades ao Senhor, e reclamar Sua promessa com tal fé, que os que se acham na congregação conheçam que temos aprendido a prevalecer com o Senhor em oração. Serão animados a crer que a presença do Senhor se acha na reunião, e hão de abrir o coração para receber-Lhe as bênçãos. Sua fé em nossa sinceridade aumentará, e ouvirão atentamente as instruções dadas. OE 177 4 Nossas orações devem ser repassadas de ternura e amor. Ao nos afligirmos por uma compreensão mais profunda e vasta do amor do Salvador, clamaremos a Deus por mais sabedoria. Se jamais houve necessidade de orações e sermões que comovessem a alma, ela existe agora. Acha-se às portas o fim de todas as coisas. Oh! se pudéssemos, como devemos, ver a necessidade de buscar ao Senhor de todo o coração! Então O haveríamos de achar. OE 178 1 Que Deus ensine Seu povo a orar. Aprendam os mestres em nossas escolas, e os ministros em nossas igrejas, diariamente, na escola de Cristo. Então eles hão de orar fervorosamente, e seus pedidos serão ouvidos e satisfeitos. Então a Palavra será proclamada com poder. Nossa atitude em oração OE 178 2 Tanto no culto público, como no particular, temos o privilégio de curvar os joelhos perante o Senhor ao fazer-Lhe nossas petições. Jesus, nosso exemplo, "pondo-Se de joelhos, orava". Lucas 22:41. Acerca de Seus discípulos acha-se registrado que também se punham de joelhos e oravam. Atos dos Apóstolos 9:40; 20:36; 21:5. Paulo declarou: "... Me ponho de joelhos perante o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." Efésios 3:14. Ao confessar perante Deus os pecados de Israel, Esdras ajoelhou-se. Esdras 9:5. Daniel "três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante de seu Deus". Daniel 6:10. OE 178 3 A verdadeira reverência para com Deus é inspirada por um sentimento de Sua infinita grandeza, e de Sua presença. Com esse sentimento do Invisível, todo coração deve ser profundamente impressionado. A hora e o lugar da oração são sagrados, porque Deus Se encontra ali, e, ao manifestar-se reverência em atitude e maneiras, o sentimento que inspira essa reverência se tornará mais profundo. "Santo e tremendo é o Seu nome" (Salmos 111:9), declara o salmista. Ao proferirem esse nome, os anjos velam o rosto. Com que reverência, pois, devemos nós, caídos e pecadores, tomá-lo nos lábios! OE 178 4 Bom seria, para velhos e moços, ponderarem as palavras da Escritura que mostram como o lugar assinalado pela presença especial de Deus deve ser considerado. "Tira os teus sapatos de teus pés", ordenou Ele junto à sarça ardente, "porque o lugar em que tu estás é terra santa". Êxodo 3:5. Jacó, depois de contemplar a visão dos anjos, exclamou: "O Senhor está neste lugar e eu não o sabia. ... Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos Céus." Gênesis 28:16, 17. OE 179 1 "O Senhor está no Seu santo templo; cale-se diante dEle toda a Terra." Habacuque 2:20. OE 179 2 Não se exigem orações verbosas, com caráter de sermão, e que são fora de lugar em público. Uma oração breve, feita com fervor e fé, abrandará o coração dos ouvintes; mas durante as orações longas, eles esperam impacientemente, como se desejassem que cada palavra fosse o final da mesma. Houvesse o ministro que faz tal oração lutado com Deus no seu aposento, até sentir que sua fé podia ater-se à promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á", e ele havia de ter chegado diretamente ao ponto em sua oração pública, pedindo com fervor e fé graça para si mesmo e seus ouvintes. ------------------------Capítulo 36 -- O bom pastor OE 181 1 Cristo, o grande exemplo de todos os ministros, compara-Se a um pastor. "Eu sou o bom Pastor", declara Ele; "o bom Pastor dá a Sua vida pelas ovelhas." "Eu sou o bom Pastor, e conheço as Minhas ovelhas, e das Minhas sou conhecido. Assim como o Pai Me conhece a Mim, também Eu conheço o Pai, e dou a Minha vida pelas ovelhas." João 10:11, 14, 15. OE 181 2 Assim como um pastor terrestre conhece as suas ovelhas, também o divino Pastor conhece o Seu rebanho espalhado por todo o mundo. "Vós, pois, ó ovelhas Minhas, ovelhas do Meu pasto: homens sois, mas Eu sou o vosso Deus, diz o Senhor Jeová." Ezequiel 34:31. OE 181 3 Na parábola da ovelha perdida, o pastor sai em procura de uma ovelha -- o mínimo que se pode numerar. Descobrindo que falta uma de suas ovelhas, não olha descuidosamente sobre o rebanho que se acha a salvo, no abrigo, dizendo: Tenho noventa e nove, e me será muito penoso ir em procura da extraviada. Que ela volte, e então lhe abrirei a porta do redil, e deixá-la-ei entrar. Não; assim que a ovelha se desgarra, o pastor enche-se de pesar e ansiedade. Deixando as noventa e nove no aprisco, sai em busca da extraviada. Seja embora a noite escura e tempestuosa, perigosos e incertos os caminhos, a busca longa e fastidiosa, ele não vacila enquanto a perdida não é encontrada. OE 182 1 Com que sentimento de alívio escuta ele ao longe seu primeiro e débil balido! Seguindo o som, sobe às mais íngremes alturas; chega mesmo à borda do precipício, com risco da própria vida. Assim busca ele, enquanto o balido, cada vez mais débil, lhe mostra que sua ovelhinha está prestes a morrer. OE 182 2 E ao achar a perdida, acaso lhe manda ele que o siga? Ameaça-a, porventura, ou a espanca, ou a vai tangendo adiante de si, pensando nos incômodos e ansiedades que por ela sofreu? Não; põe aos ombros a exausta ovelha e, cheio de feliz reconhecimento porque sua busca não foi em vão, volve ao redil. Sua gratidão exprime-se em hinos de regozijo. E, "chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida". OE 182 3 Assim, quando o pecador perdido é encontrado pelo Bom Pastor, o Céu e a Terra se unem em regozijo e ações de graças. Pois "haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento". Lucas 15:6, 7. OE 182 4 O grande Pastor tem subpastores, aos quais delega o cuidado das ovelhas e cordeiros. A primeira obra que Cristo confiou a Pedro, ao restabelecê-lo no ministério, foi o apascentar os cordeiros. João 21:15. Era esta uma obra em que Pedro tivera pouca experiência. Exigiria grande cuidado e ternura, muita paciência e perseverança. Essa obra o convidava a ministrar às crianças e jovens, e aos novos na fé, a ensinar aos ignorantes, a abrir-lhes as Escrituras, e a educá-los para a utilidade no serviço de Cristo. Até então, Pedro não fora apto para isso, ou mesmo para compreender sua importância. OE 183 1 A pergunta feita por Cristo a Pedro, era significativa. Mencionou apenas uma condição para o discipulado e o serviço. "Amas-Me"? disse Ele. Eis o requisito essencial. Embora Pedro possuísse todos os outros, sem o amor de Cristo não poderia ser um fiel pastor do rebanho do Senhor. Conhecimentos, benevolência, eloquência, gratidão e zelo, são todos auxiliares na boa obra; mas, sem o amor de Cristo no coração, a obra do ministro cristão se demonstrará um fracasso. OE 183 2 A lição que Cristo lhe ensinou junto ao Mar da Galiléia, Pedro levou consigo por toda a vida. Escrevendo às igrejas, guiado pelo Espírito Santo, disse: OE 183 3 "Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória." 1 Pedro 5:1-4. OE 183 4 A ovelha que se desgarrou do redil é a mais impotente de todas as criaturas. Ela deve ser procurada; pois não pode encontrar o caminho para voltar. Assim acontece com a alma que tem vagueado longe de Deus; acha-se tão impotente como a ovelha perdida; e, a não ser que o amor divino a venha salvar, não poderá nunca encontrar o caminho para Deus. Portanto, com que compaixão, com que sentimento, com que persistência deve o subpastor buscar almas perdidas! Quão voluntariamente deveria ele abnegar-se, sofrer fadigas e privações! OE 184 1 Há necessidade de pastores que, sob a direção do Sumo Pastor, busquem os perdidos e extraviados. Isto significa suportar desconforto físico e sacrificar a comodidade. Significa uma terna solicitude pelos que erram, uma compaixão e paciência divinas. Significa ouvir com simpatia relatos de erros, de degradações, de desespero e miséria. OE 184 2 O verdadeiro pastor tem o espírito de esquecimento de si mesmo. Perde de vista o próprio eu, a fim de poder praticar as obras de Deus. Mediante a pregação da palavra e o ministério pessoal nos lares do povo, aprende a conhecer-lhes as necessidades, as dores, as provações: e, cooperando com Aquele que sabe, por excelência, levar cuidados sobre Si, partilha de suas aflições, conforta-os nos infortúnios, alivia-lhes a fome d'alma, e conquista-lhes o coração para Deus. Nesta obra o ministro é assistido pelos anjos celestes, e ele próprio é instruído e iluminado na verdade que torna sábio para a salvação. OE 184 3 Em nossa obra o esforço individual conseguirá muito mais do que se possa calcular. É pela falta disso que almas estão perecendo. Uma alma é de valor infinito; seu preço é revelado pelo Calvário. Uma alma ganha para Cristo será o instrumento em atrair outras, e haverá um resultado sempre crescente de bênçãos e salvação. ------------------------Capítulo 37 -- O ministério pessoal OE 185 1 Há na obra de muitos ministros demasiados sermões, e bem pouco do verdadeiro trabalho de coração para coração. Há necessidade de mais trabalho individual pelas almas. Em simpatia cristã, o ministro se deve aproximar individual e intimamente dos homens, buscando despertar-lhes o interesse nas grandes coisas concernentes à vida eterna. Seu coração poderá ser tão duro como as batidas estradas e, aparentemente, talvez seja um esforço inútil apresentar-lhes o Salvador; mas, ao passo que a lógica pode falhar em demovê-los, os argumentos serem impotentes para os convencer, o amor de Cristo, revelado no ministério pessoal, pode abrandar o coração empedernido, de maneira que a semente da verdade venha a criar raízes. OE 185 2 O ministério significa muito mais do que fazer sermões; importa em fervoroso trabalho pessoal. A igreja na Terra compõe-se de homens e mulheres errantes que necessitam de paciente, esforçado labor, para que se exercitem e disciplinem em trabalhar de maneira aceitável nesta vida e, na futura, sejam coroados de glória e imortalidade. Necessitam-se pastores -- pastores fiéis -- que não lisonjeiem o povo de Deus, nem o tratem asperamente, mas que o alimentem com o pão da vida -- homens que sintam diariamente em sua própria vida o poder transformador do Espírito Santo, e que nutram forte e abnegado amor àqueles com quem trabalham. OE 185 3 É uma obra que requer tato, a que se oferece ao subpastor quando tem de enfrentar afastamento, amargura, inveja e ciúme na igreja; e ser-lhe-á preciso trabalhar no espírito de Cristo a fim de estabelecer a ordem. São necessárias fiéis advertências, repreensões ao pecado, reparações de agravos, tanto pela obra do ministro no púlpito, como pelo seu trabalho pessoal. O coração transviado pode objetar à mensagem, e o servo de Deus ser mal julgado e criticado. Lembre-se ele então de que "a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz". Tiago 3:17, 18. OE 186 1 A obra do ministro evangélico é "demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus". Efésios 3:9. Se uma pessoa que entra para esta obra escolhe a parte que exige menos sacrifício, contentando-se com pregar, e deixando a obra do ministério pessoal para ser feita por alguma outra pessoa, seus serviços não serão aceitáveis diante de Deus. Almas por quem Cristo morreu estão perecendo à míngua de bem dirigido trabalho pessoal; e errou sua vocação aquele que, havendo entrado para o ministério, não está disposto a fazer a obra pessoal que o cuidado do rebanho exige. OE 186 2 O ministro deve instar a tempo e fora de tempo, estar pronto a aproveitar toda oportunidade para fazer avançar a obra de Deus. "Instar a tempo" é estar alerta quanto aos privilégios da casa e hora de culto, e às ocasiões em que os homens estão conversando sobre religião. E "fora de tempo" é estar pronto, quando no lar, no campo, de viagem ou nos negócios, a encaminhar habilmente o espírito dos homens aos grandes temas das Escrituras, fazendo-os sentir com espírito brando e fervoroso, as reivindicações de Deus. Muitas, muitas dessas oportunidades se deixam escapar desaproveitadas, porque os homens estão persuadidos de que é fora de tempo. Mas, quem sabe qual será o resultado de um sábio apelo dirigido à consciência? Está escrito: "Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará: se esta, se aquela, ou se ambas igualmente serão boas." Eclesiastes 11:6. Aquele que está semeando a semente da verdade pode andar com o coração cheio de cuidados e por vezes, seus esforços podem parecer infrutíferos. Mas, se é fiel, há de ver os frutos de seu labor; pois Deus declara: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos." Salmos 126:6. Visitas às famílias OE 187 1 Havendo o ministro apresentado a mensagem evangélica do púlpito, sua obra está apenas iniciada. Resta-lhe fazer o trabalho pessoal. Cumpre-lhe visitar o povo em casa, conversando e orando com eles em fervor e humildade. Há famílias que nunca serão postas em contato com as verdades da Palavra de Deus, a menos que os mordomos de Sua graça lhes penetrem no lar, e lhes indiquem o caminho mais elevado. O coração dos que fazem essa obra, porém, deve palpitar em uníssono com o coração de Cristo. OE 187 2 Muito se acha compreendido na ordem: "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Lucas 14:23. Ensinem os ministros a verdade às famílias, aproximando-se mais intimamente daqueles em favor de quem trabalham; e, ao cooperarem assim com Deus, Ele os revestirá de poder espiritual. Cristo os guiará em sua obra, dando-lhes palavras que penetrarão profundamente no coração dos ouvintes. OE 188 1 Todo ministro tem o privilégio de poder dizer com Paulo: "Porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus." "Nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,... a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos dos Apóstolos 20:27, 20, 21. OE 188 2 Nosso Salvador ia de casa em casa, curando os enfermos, confortando os tristes, consolando os aflitos, e dirigindo palavras de paz aos abatidos. Ele tomava as criancinhas nos braços, e as abençoava e dirigia palavras de esperança e conforto às mães cansadas. Com infatigável ternura e suavidade Se aproximava de todas as formas de infortúnio e aflição humanos. Não em Seu próprio proveito, mas no dos outros. Ele trabalhava. Era o servo de todos. Sua comida e bebida era levar esperança e forças a todos com quem chegava em contato. E, ouvindo homens e mulheres as verdades que Lhe caíam dos lábios, tão diversas das tradições e dogmas ensinados pelos rabis, brotava-lhes no coração a esperança. Havia em Seus ensinos uma sinceridade que fazia com que Suas palavras fossem direto ao alvo, com um poder convincente. OE 188 3 Desejo dizer a meus irmãos do ministério: Aproximai-vos do povo onde ele se acha, mediante o trabalho pessoal. Relacionai-vos com ele. Esta é uma obra que se não pode fazer por procuração. Dinheiro emprestado ou dado, não a pode realizar. Sermões, do púlpito, não a podem efetuar. Ensinar as Escrituras às famílias -- eis a obra do evangelista; e esta obra deve estar unida à de pregar. Sendo omitida, a pregação será, em grande parte, um fracasso. OE 188 4 Os que estão à procura da verdade precisam que as palavras lhes sejam dirigidas oportunamente; pois Satanás lhes está falando por suas tentações. Se encontrais repulsa ao tentar ajudar almas, não vos importeis. Se vossa obra parece produzir poucos resultados; não fiqueis desanimados. Perseverai em trabalhar; sede discretos; compreendei quando convém falar, e quando guardar silêncio; velai pelas almas como quem por elas devem dar contas; e vigiai os artifícios de Satanás, para que não sejais desviados do dever. Não permitais que as dificuldades vos abatam ou intimidem. Com fé vigorosa, com ousadia de propósito, enfrentai e vencei essas dificuldades. Semeai a semente com fé, e liberalmente. OE 189 1 Muito depende da maneira em que vos aproximais daqueles a quem fazeis visita. Podeis pegar de tal maneira na mão de uma pessoa ao saudá-la, que lhe conquisteis a confiança imediatamente, ou de modo tão frio que ela pense que não tendes por ela interesse algum. OE 189 2 Não deveríamos agir como se fosse condescendência nos aproximarmos do pobre. Eles são à vista de Deus, tão preciosos como nós, e devemos proceder em harmonia com esse pensamento. Nosso vestuário deve ser simples, de maneira que, ao visitarmos os pobres, eles não fiquem embaraçados pelo contraste entre nossa aparência e a sua. As alegrias que chegam aos pobres são bem limitadas, muitas vezes; e por que não haveria de o obreiro de Deus levar-lhes ao lar raios de luz? Precisamos possuir a terna simpatia de Jesus; então haveremos de abrir caminho aos corações. ------------------------Capítulo 38 -- A obra do pastor OE 190 1 O verdadeiro pastor terá interesse em tudo quanto diz respeito ao bem-estar do rebanho, alimentando-o, guiando-o e defendendo-o. Conduzir-se-á com grande prudência, e manifestará terna consideração por todos, especialmente pelos tentados, aflitos e desanimados. "Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a Sua vida em resgate de muitos." Mateus 20:28. "Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou." João 13:16. Cristo "aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens". Filipenses 2:7. "Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a Si mesmo, mas, como está escrito: Sobre Mim caíram as injúrias dos que Te injuriavam." Romanos 15:1-3. OE 190 2 Muitos obreiros fracassam em sua obra, porque não se põem em contato íntimo com aqueles que mais necessitam de seu auxílio. Com a Bíblia na mão, deveriam buscar, da maneira mais delicada, conhecer as objeções que há na mente dos que estão começando a indagar: "Que é a verdade?" Cuidadosa e suavemente ele os deveria conduzir e educar, como discípulos numa escola. Muitos têm de desaprender teorias que de há muito acreditaram ser a verdade. Ao se convencerem de que se achavam em erro quanto a assuntos escriturísticos, são lançados em perplexidades e dúvidas. Eles necessitam da mais terna simpatia e do mais judicioso auxílio; devem ser instruídos com cuidado, e necessitam que se ore por eles e com eles, que os vigiem e os protejam com bondosa solicitude. OE 191 1 É grande privilégio ser colaborador de Cristo na salvação de almas. Com paciente e abnegado esforço, procurava o Salvador chegar aos homens em seu estado decaído, resgatando-os das conseqüências do pecado. Seus discípulos, que são os mestres de Sua palavra, devem imitar acuradamente o grande Modelo. OE 191 2 Nos campos novos, há necessidade de muita oração e prudente trabalho. Querem-se homens que não somente possam pregar sermões, mas tenham conhecimento experimental do mistério da piedade, e sejam capazes de satisfazer às necessidades urgentes do povo -- que avaliem a importância de sua posição como servos de Jesus, e tomem satisfeitos a cruz que Ele lhes ensinou a levar. OE 191 3 É altamente importante que o pastor se associe muito com seu povo, ficando assim familiarizado com os vários aspectos da natureza humana. Ele deve estudar as operações da mente, a fim de adaptar seus ensinos à inteligência dos ouvintes. Aprenderá assim aquela grande caridade que habita unicamente nos que se dão a um atento estudo da natureza e necessidades dos homens. ------------------------Capítulo 39 -- Estudos bíblicos a famílias OE 192 1 O plano de se darem estudos bíblicos foi uma idéia de origem celeste. Muitos há, tanto homens como mulheres, que se podem empenhar nesse ramo de obra missionária. Podem-se assim desenvolver obreiros que se tornem poderosos homens de Deus. Por este meio a Palavra de Deus tem sido proporcionada a milhares; e os obreiros são postos em contato pessoal com o povo de todas as línguas e nações. A Bíblia é introduzida nas famílias, e suas sagradas verdades encontram guarida na consciência. Os homens são solicitados a ler, examinar e julgar por si mesmos, e devem sentir a responsabilidade de receber ou rejeitar a iluminação divina. Deus não há de permitir que essa preciosa obra em Seu favor fique sem recompensa. Coroará de êxito todo esforço humilde feito em Seu nome. OE 192 2 Em todo campo novo, deve-se exercitar perseverança e paciência. Não fiqueis desanimados com os começos pequenos. Muitas vezes o mais humilde trabalho é que produz os maiores resultados. Quanto mais direta for nossa obra pelos nossos semelhantes, maior bem conseguirá. A influência pessoal é uma força. O espírito daqueles com quem nos achamos intimamente ligados é impressionado mediante influências invisíveis. Uma pessoa não pode falar a uma multidão, e movê-la como o faria se estivesse em mais íntimas relações com os que a compõem. Jesus deixou o Céu e veio ao nosso mundo para salvar almas. Vós vos deveis aproximar daqueles em favor de quem trabalhais, não somente para que vos ouçam a voz, mas vos apertem a mão, conheçam os vossos princípios, sintam vossa simpatia. OE 193 1 Meus irmãos do ministério, não penseis que o único trabalho que podeis fazer, a única maneira por que podeis operar em benefício de almas, seja fazer discursos. A melhor obra que podeis fazer, é ensinar, educar. Onde quer que se vos depare uma oportunidade de assim fazer, sentai-vos com alguma família, e deixai que vos façam perguntas. Respondei-lhes então pacientemente, humildemente. Continuai esta obra juntamente com vossos esforços em público. Pregai menos, e educai mais, mediante estudos bíblicos, e orações feitas nas famílias e pequenos grupos. OE 193 2 A todos quantos estão trabalhando com Cristo, desejo dizer: Sempre que vos for possível ter acesso ao povo em seu lar, aproveitai a oportunidade. Tomai a Bíblia, e exponde-lhes as grandes verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e consecuções, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes a direção dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, no lar e em pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-sucedida em atrair almas para Jesus, do que sermões feitos ao ar livre, às multidões em movimento, ou mesmo em salões e igrejas. OE 193 3 Todos quantos se empenham nesse trabalho pessoal, devem ser tão cuidadosos de não agir mecanicamente, como os próprios ministros que pregam a palavra. Devem aprender continuamente. Possuir zelo consciencioso em adquirir as mais elevadas qualidades, em tornar-se homens eficientes nas Escrituras. Devem cultivar hábitos de atividade mental, entregando-se especialmente à oração, e ao estudo diligente das Escrituras. ------------------------Capítulo 40 -- O valor do esforço individual OE 194 1 Os que mais êxito têm tido em atrair almas, foram homens e mulheres que se não orgulhavam de suas habilidades, mas, em humildade e fé, buscaram ajudar os que estavam ao redor de si. Jesus fez esta mesma obra. Punha-Se em contato com aqueles a quem desejava atrair. Quantas vezes, tendo ao redor poucos reunidos, dava Suas lições, e um a um os transeuntes paravam para escutá-Lo, até que havia uma grande multidão a ouvir maravilhada e respeitosa as palavras do Mestre enviado do Céu! A mulher de Samaria OE 194 2 Cristo não esperava que se reunissem congregações. Algumas das mais importantes verdades que proferiu, foram dirigidas a indivíduos. Escutai-Lhe as admiráveis palavras à mulher de Samaria. Achava-Se sentado, ao poço de Jacó, quando a mulher foi tirar água. Para surpresa dela, pediu-lhe um favor. "Dá-Me de beber", disse. Ele queria um pouco de água fresca, e desejava ao mesmo tempo achar o caminho para lhe poder dar da água da vida. OE 194 3 "Como, sendo Tu judeu", disse-Lhe a mulher, "me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)." OE 194 4 Jesus respondeu: "Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz -- Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. ... Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." OE 195 1 Quanto interesse manifestou Cristo por essa mulher! Quão fervorosas e eloqüentes foram Suas palavras! Elas tocaram o coração da ouvinte e, esquecendo por que viera ao poço, dirigiu-se à cidade e disse aos amigos: "Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito; porventura não é este o Cristo?" João 4:7-30. OE 195 2 Muitos deixaram suas ocupações para irem ter com o Estranho, junto ao poço de Jacó. Eles O assediaram de perguntas, e receberam ansiosamente Suas explicações de muitas coisas que haviam sido obscuras para sua compreensão. Eram como pessoas que seguissem um súbito raio de luz, até encontrarem o dia. OE 195 3 O resultado da obra de Jesus, enquanto Se sentou, fatigado e com fome, junto ao poço, foi vasto nas bênçãos. Aquela única alma a quem buscou ajudar, tornou-se um instrumento para alcançar outros, e levá-los ao Salvador. Este tem sido sempre o meio por que a obra de Deus tem progredido na Terra. Fazei brilhar a vossa luz, e outras luzes surgirão. OE 195 4 Os servos de Deus devem ser homens do momento, prontos para o serviço a qualquer hora. Meus irmãos, deparar-se-vos-ão hora a hora oportunidades de servir a Deus. Estas vêm e vão constantemente. Estai sempre apercebidos para tirar delas o máximo ao vosso alcance. A ocasião de dirigir ao ouvido de alguma alma necessitada a palavra de vida, talvez nunca mais se repita; portanto, não ouse ninguém dizer: "Peço-Te que me hajas por escusado." Não percais nenhuma oportunidade de tornar conhecidas a outros as insondáveis riquezas de Cristo; pois uma oportunidade uma vez negligenciada poder passar de nosso alcance para sempre. ------------------------Capítulo 41 -- Divisão de trabalho OE 196 1 Um sério obstáculo ao êxito da verdade, e de que talvez não se suspeite, encontra-se em nossas próprias igrejas. Ao ser feito um esforço para se apresentar nossa fé aos incrédulos, os membros da igreja ficam muitas vezes para trás, como se não fossem parte interessada e deixam todo o peso sobre os ministros. Por esta razão o trabalho de nossos ministros mais capazes tem por vezes sido de pouco resultado. Podem pregar os melhores sermões, a mensagem pode ser exatamente aquela de que o povo necessita, e todavia não se atraírem almas como molhos que se apresentem a Cristo. OE 196 2 Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o ministro deve não tanto buscar a princípio, converter os incrédulos, como exercitar os membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa. Trabalhe com eles individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios experiência mais profunda, e trabalharem por outros. Quando estiverem preparados para apoiar o ministro mediante orações e serviços, maior êxito há de lhe acompanhar os esforços. OE 196 3 Nada de perdurável pode ser realizado pelas igrejas em vários lugares, a menos que despertem para sentir que sobre elas pesa uma responsabilidade. Cada membro do corpo deve sentir que a salvação de sua própria alma depende de seu esforço individual. Não se podem salvar almas sem diligência. O ministro não pode salvar o povo. Ele pode ser um veículo pelo qual Deus comunique luz a Seu povo; mas depois de a luz haver sido transmitida, fica com o povo o apoderar-se da mesma e, por sua vez, fazê-la brilhar para outros. -- Testimonies for the Church 2:121. O preparo de auxiliares na igreja OE 197 1 O ministro não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os trabalhos e todas as orações; cabe-lhe preparar auxiliares, em todas as igrejas. Que pessoas diferentes se revezem na direção das reuniões, e em dar estudos bíblicos; assim fazendo, estarão empregando os talentos que Deus lhes deu, e, ao mesmo tempo, recebendo o preparo para serem obreiros. OE 197 2 "Em alguns respeitos, o pastor ocupa posição idêntica à do mestre de um grupo de operários, ou de um capitão de navio. Deles se espera que vejam que os homens sobre quem se acham colocados façam a obra que lhes é designada, pronta e corretamente, e só em caso de emergência precisam executar os detalhes. OE 197 3 "O proprietário de um grande moinho encontrou uma vez seu superintendente a fazer qualquer simples reparo numa roda, ao passo que para ali, parados a olhar ociosamente, achavam-se meia dúzia de operários desse ramo. Havendo-se informado do fato, a fim de estar certo de que não faria injustiça, chamou o mestre ao seu escritório e entregou-lhe sua demissão, pagando-lhe integralmente. Surpreendido, o homem pediu explicação. Esta foi dada nas seguintes palavras: 'Empreguei-o para manter seis homens ocupados. Achei os seis ociosos, e o senhor fazendo o trabalho de um apenas. O seu trabalho poderia ter sido feito por qualquer dos seis. Não posso pagar o ordenado de sete, para o senhor ensinar os seis a serem vadios.' OE 198 1 "Este incidente pode ser aplicável a uns casos, e a outros não. Mas muitos pastores falham em conseguir, ou em não tentar, que todos os membros da igreja se empenhem ativamente nos vários ramos da obra. Se os pastores dessem mais atenção a pôr e manter seu rebanho ativamente ocupado na obra, haveriam de realizar mais benefícios, ter mais tempo para estudar e fazer visitas missionárias, e também evitar muitas causas de atrito." OE 198 2 Alguns, devido à inexperiência, cometerão erros, mas deve-lhes ser bondosamente mostrada a maneira de fazer melhor o seu trabalho. Assim o pastor pode educar homens e mulheres para se desempenharem de responsabilidades na boa obra que tanto está sofrendo por falta de obreiros. Necessitamos de homens capazes de tomar responsabilidades; e a melhor maneira por que podem adquirir a experiência de que necessitam, é dedicar-se de espírito e coração ao trabalho. Salvo mediante o esforço em favor de outrem OE 198 3 A igreja que trabalha, é igreja que progride. Os membros encontram estímulo e tônico em ajudar a outros. Li a história de um homem que, viajando num dia de inverno através de grandes montes de neve, ficou entorpecido pelo frio, o qual ia quase imperceptivelmente congelando-lhe as forças vitais. Estava enregelado, quase a morrer, e prestes a abandonar a luta pela vida, quando ouviu os gemidos de um companheiro de viagem, também a perecer de frio. Despertou-se-lhe a compaixão, e decidiu salvá-lo. Friccionando os membros enregelados do infeliz homem, conseguiu, depois de consideráveis esforços, pô-lo de pé. Como o coitado não se pudesse suster, conduziu-o compassivamente nos braços através dos mesmos montões que supusera nunca poder transpor sozinho. OE 199 1 Havendo conduzido o companheiro de viagem a lugar seguro, penetrou-lhe de súbito no espírito a verdade de que, salvando seu semelhante, salvara-se a si mesmo. Seus fervorosos esforços para ajudar a outro, estimularam-lhe o sangue prestes a congelar nas veias, comunicando saudável calor aos membros. OE 199 2 Essa lição de que, em auxiliar os outros nós mesmos somos ajudados, deve ser acentuada continuamente por preceito e exemplo perante nossos crentes jovens, a fim de que possam conseguir os melhores resultados em sua experiência cristã. Que as pessoas desanimadas, dispostas a pensar que o caminho da vida eterna é difícil e probante, se dediquem a ajudar os outros. Esses esforços, aliados à oração em busca de luz divina, hão de fazer com que o próprio coração palpite à vivificante influência da graça de Deus, e suas afeições se inflamem de mais divino fervor. Toda a sua vida cristã se tornará mais real, mais zelosa, mais rica de oração. OE 199 3 Lembremo-nos de que somos peregrinos e estrangeiros nesta Terra, buscando a Terra melhor, sim, a que é do Céu. Aqueles que se uniram com o Senhor no concerto do serviço, acham-se sob obrigação de cooperar com Ele na obra de salvar almas. OE 199 4 Que os membros da igreja cumpram fielmente durante a semana a sua parte, e narrem ao sábado suas experiências. A reunião será então como alimento a seu tempo, trazendo a todos os presentes nova vida e vigor. Quando o povo de Deus vir a grande necessidade de trabalhar como Cristo fazia pela conversão de pecadores, os testemunhos dados por eles nos cultos de sábado serão cheios de poder. Com alegria testificarão quanto ao valor da experiência que têm adquirido em trabalhar por outros. ------------------------Capítulo 42 -- A igreja é um sagrado depósito OE 200 1 Ao ascender, Cristo deixou a igreja e todos os seus interesses, como sagrado depósito aos Seus seguidores. E a obra da igreja não deve ser deixada ao ministro unicamente, ou a alguns poucos dirigentes. Todo membro deve sentir que entrou num solene concerto com o Senhor, quanto a trabalhar da melhor maneira pelos interesses de Sua causa, em todos os tempos, e sob todas as circunstâncias. Cada um deve ter uma parte a desempenhar, algum encargo sobre si. Se todos os membros da igreja sentissem responsabilidade individual, maior progresso seria feito nas coisas espirituais. O solene peso da responsabilidade que sobre eles repousava, haveria de os induzir a buscar a Deus muitas vezes, demandando força e graça. OE 200 2 O verdadeiro caráter da igreja não se mede pela sua elevada profissão de fé, nem pelos nomes que se acham registrados em seus livros, mas pelo que ela está realmente fazendo pelo Mestre, pelo número de seus obreiros perseverantes e fiéis. O esforço pessoal, desinteressado, há de realizar mais pela causa de Cristo, do que pode ser operado por sermões ou credos. OE 200 3 Ensinem os ministros aos membros da igreja que, a fim de crescer em espiritualidade, devem levar o fardo que o Senhor sobre eles pôs -- o encargo de conduzir almas à verdade. Aqueles que não estão fazendo face a suas responsabilidades devem ser visitados, orando-se e trabalhando-se com eles. Não leveis o povo a descansar em vós como ministros; ensinai-lhes antes que devem usar seus talentos em comunicar a verdade aos que os rodeiam. Trabalhando assim, hão de ter a cooperação dos anjos celestes, e obterão uma experiência que lhes acrescentará a fé, tornando-os firmes em Deus. ------------------------Capítulo 43 -- A esposa do ministro OE 201 1 Antigamente a esposa do ministro sofria necessidades e perseguições. Quando o marido padecia prisões e, por vezes, morte, aquelas nobres e abnegadas mulheres sofriam com ele, e sua recompensa será igual à que há de ser concedida ao marido. As Sras. Boardman e Judson padeceram pela verdade -- sofreram com seus companheiros. Em todo o sentido da palavra, sacrificaram pátria e amigos, a fim de os ajudar na obra de iluminar aqueles que se achavam assentados em trevas; de lhes revelar os mistérios ocultos da Palavra de Deus. Sua vida achava-se em constante perigo. Salvar almas era seu grande objetivo, e por ele sofriam de bom grado... OE 201 2 Se a esposa do ministro o acompanha em viagens, não deve ir apenas para seu próprio prazer, para visitar e ser servida, mas para com ele trabalhar. Deve ter os mesmos interesses que ele em fazer bem. Convém que tenha boa vontade de acompanhar o marido, caso os cuidados da casa a não impeçam, e deve ajudá-lo em seus esforços para salvar almas. Com mansidão e humildade, mas todavia com confiança em si mesma, deve exercer no espírito dos que a rodeiam uma influência orientadora, desempenhando seu papel e levando sua cruz e encargos na reunião, em torno do altar de família e na conversação no círculo familiar. O povo assim o espera, e se essa expectativa se não realiza, mais da metade da influência do marido é destruída. OE 201 3 A esposa do ministro pode fazer muito, se quiser. Se for dotada de espírito de sacrifício, e tiver amor às almas, poderá fazer com ele outro tanto de bem. Uma irmã obreira na causa da verdade pode compreender e tratar, especialmente entre as irmãs, de certos casos que se acham fora do alcance do ministro. OE 202 1 Repousa sobre a esposa do ministro uma responsabilidade a que ela não deve, nem pode levianamente eximir-se. Deus há de requerer dela, com juros, o talento que lhe foi emprestado. Cumpre-lhe trabalhar fiel e zelosamente, em conjunto com o marido, para salvar almas. Nunca deve insistir com seus próprios desejos, nem manifestar falta de interesse no trabalho do esposo, nem entregar-se a sentimentos de saudade e descontentamento. Todos esses sentimentos naturais devem ser vencidos. É preciso que tenha na vida um desígnio, o qual deve ser levado a efeito sem vacilação. Que fazer se isto se acha em conflito com os sentimentos, prazeres e gostos naturais? Estes devem ser pronta e animosamente sacrificados, a fim de fazer bem e salvar almas. OE 202 2 A esposa do ministro deve viver uma vida devota e de oração. Mas algumas gostariam de uma religião em que não há cruzes, e que não exige abnegação e esforço de sua parte. Em lugar de se manterem nobremente por si mesmas, repousando em Deus quanto a forças, e fazendo face a suas responsabilidades individuais, elas levam a maior parte do tempo dependendo de outros, deles derivando sua vida espiritual. Se tão-somente se apoiassem confiantemente, com confiança infantil, em Deus, e concentrassem em Jesus suas afeições, recebendo sua vida de Cristo, a videira viva, que soma de bem não poderiam elas realizar, que auxílio poderiam ser a outros, que apoio para seus maridos! E que recompensa não seria a sua afinal! Bem está, serva boa e fiel -- havia de lhes soar qual música dulcíssima aos ouvidos. As palavras: "Entra no gozo de teu Senhor", pagar-lhes-iam mil vezes todos os sofrimentos e provações suportados para salvar preciosas almas. -- Testimonies for the Church 1:451-453. OE 203 1 Se homens casados vão trabalhar, deixando a esposa a cuidar dos filhos em casa, a esposa e mãe está plenamente fazendo uma obra tão grande e importante quanto a do marido e pai. Enquanto um se encontra no campo missionário, a outra é uma missionária no lar, sendo seus cuidados e ansiedades e encargos freqüentemente muito maiores que os do esposo e pai. A obra da mãe é solene e importante -- moldar o espírito e o caráter dos filhos, prepará-los para serem úteis aqui, e habilitá-los para a vida futura e imortal. OE 203 2 O marido, em pleno campo missionário, pode receber a honra dos homens, ao passo que a lidadora do lar talvez não receba nenhum louvor terrestre por seus labores; mas, em ela trabalhando o melhor possível pelos interesses de sua família, buscando moldar-lhes o caráter segundo o Modelo divino, o anjo relator escreve-lhe o nome como o de um dos maiores missionários do mundo. OE 203 3 A mulher do missionário pode-lhe ser grande auxílio em buscar tornar-lhe mais leves as responsabilidades, se mantém sua própria alma no amor de Deus. Ela pode ensinar a Palavra aos filhos. Pode dirigir sua casa com economia e prudência. Em união com o marido, pode educar os filhos em hábitos de economia, ensinando-lhes a restringir suas necessidades. ------------------------Capítulo 44 -- O ministro no lar OE 204 1 É o desígnio de Deus que, em sua vida doméstica, o mestre da Bíblia seja um exemplo das verdades que ensina. O que um homem é, exerce maior influência do que o que diz. A piedade na vida diária dará força ao testemunho público. A paciência, a coerência e o amor impressionarão os corações que os sermões não conseguem alcançar. OE 204 2 Os deveres do pastor jazem em torno dele, próximos e distantes; mas seu primeiro dever é para seus filhos. Ele não se deve absorver tanto com os deveres exteriores que negligencie as instruções que necessitam seus filhos. Talvez considere os deveres do lar como de menor importância; em realidade, porém, esses deveres se encontram na própria base do bem-estar dos indivíduos e da sociedade. A felicidade de homens e mulheres, e o êxito da igreja, dependem, em grande parte, da influência doméstica. Interesses eternos se acham envolvidos no devido desempenho dos deveres diários da vida. O mundo não precisa tanto de grandes espíritos, como de homens bons, que sejam uma bênção na própria família. OE 204 3 Coisa alguma pode desculpar o pastor de negligenciar o círculo interior, pelo mais amplo círculo externo. O bem-estar espiritual de sua família, vem em primeiro lugar. No dia do final ajuste de contas, Deus há de perguntar que fez ele para atrair para Cristo aqueles que tomou a responsabilidade de trazer ao mundo. O grande bem, feito a outros, não pode cancelar o débito que ele tem para com Deus, quanto a cuidar dos próprios filhos. OE 204 4 Deve haver na família do pastor uma unidade que pregue um sermão eficaz sobre a piedade prática. Ao passo que o pastor e a esposa cumpram fielmente seu dever no lar, restringindo, corrigindo, admoestando, aconselhando, guiando, estão-se tornando mais habilitados para trabalhar na igreja, e multiplicando meios de cumprir a obra de Deus fora do lar. Os membros da família tornam-se membros da família do Céu, e são uma força para o bem, exercendo influência de vasto alcance. OE 205 1 Por outro lado, o ministro que permite que os filhos cresçam indisciplinados e desobedientes, verificará que sua influência no púlpito é anulada pela conduta desagradável dos filhos. Aquele que não pode reger os membros de sua própria família, não é apto para servir devidamente a igreja de Deus, ou guardá-la de lutas e dissensões. Cortesia no lar OE 205 2 Há perigo de que se deixe de atender às pequeninas coisas da vida. Não deve haver negligência, por parte do pastor, em dirigir palavras bondosas e animadoras no círculo familiar. Irmão pastor, acaso manifestais, no âmbito familiar, rudeza, falta de bondade e polidez? Se assim agis, não importa quão alta seja a profissão de fé que fazeis, estais violando os mandamentos. Não importa quão fervorosamente pregueis a outros, se deixais de mostrar o amor de Cristo em vossa vida doméstica, está faltando muito para atingirdes a norma que vos é proposta. Não penseis que o homem que sai do púlpito sagrado para condescender com observações ásperas e sarcásticas, ou com pilhérias e motejos, é representante de Cristo. O amor de Deus não se encontra nele. Seu coração acha-se cheio de amor-próprio, convencimento, e ele torna notório que não possui verdadeira estima pelas coisas sagradas. Cristo não está com ele, e ele não anda possuído da solene mensagem de verdade para este tempo. OE 206 1 Os filhos dos pastores são, em certos casos, os mais negligenciados do mundo, pela razão de que os pais não estão com eles senão por pouco tempo, e ficam na liberdade de escolher suas ocupações e entretenimentos. Se todos os filhos de um pastor são meninos, não os deve deixar inteiramente ao cuidado da mãe. Seria demasiado pesado o encargo para ela. Ele se deve constituir o companheiro e amigo dos filhos. Deve esforçar-se para guardá-los de más companhias, e ver que se ocupem em obras úteis. Talvez seja difícil à mãe exercer o domínio de si mesma. Se o marido o compreende, deve tomar sobre si a maior parte da responsabilidade, fazendo tudo que lhe seja possível para guiar seus filhos a Deus. OE 206 2 Lembre-se a mulher do pastor que tem filhos, de que na própria casa ela tem um campo missionário onde deve trabalhar com energia infatigável e zelo inquebrantável, sabendo que os resultados de sua obra perdurarão por toda a eternidade. Não é a alma de seus filhos de tanto valor como a dos pagãos? Cuide, pois, deles com amorável solicitude. Cabe-lhe a responsabilidade de mostrar ao mundo o poder e a excelência da religião no lar. Ela deve ser regida por princípios, não por impulsos, e operar com a consciência de que Deus é seu ajudador. Não deve permitir que coisa alguma a distraia de sua missão. OE 206 3 É de infinito valor a influência de uma mãe intimamente ligada a Cristo. Seu ministério de amor faz do lar uma Betel. Cristo com ela coopera, transformando a água comum da vida no vinho do Céu. Os filhos crescerão para lhe ser uma bênção e uma honra nesta vida e na que há de vir. ------------------------Capítulo 45 -- "Apascenta os meus cordeiros" OE 207 1 O encargo dado a Pedro por Cristo exatamente antes de Sua ascensão, foi: "Apascenta os Meus cordeiros" (João 21:15); e este encargo é dado a todo pastor. Quando Cristo disse a Seus discípulos: "Deixai vir os meninos a Mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14), falava aos discípulos de todos os séculos. OE 207 2 Muito se tem perdido para a causa da verdade por falta de atenção às necessidades espirituais dos jovens. Os ministros do evangelho devem travar amistosas relações com a mocidade de sua congregação. Muitos são relutantes neste ponto, mas sua negligência é pecado aos olhos de Deus. Há entre nós muitos rapazes e moças não ignorantes quanto a nossa fé, mas cujo coração nunca foi tocado pelo poder da divina graça. Como podemos nós, que professamos ser servos de Deus, passar dia após dia, semana após semana, indiferentes a sua condição? Se eles devessem morrer em seus pecados, sem ser advertidos, seu sangue seria requerido das mãos do atalaia que deixou de lhes dar aviso. OE 207 3 Por que não haveria de o trabalho feito pelos jovens que se acham em nossos limites ser considerado obra missionária da mais elevada espécie? Ela exige o mais delicado tato, a mais detida consideração, as mais fervorosas orações pela sabedoria celeste. A juventude é o objeto dos ataques especiais de Satanás; mas a bondade, a cortesia e a simpatia que emanam de um coração cheio do amor de Jesus, conquistar-lhes-ão a confiança, e salvá-los-ão de muitos laços do inimigo. OE 208 1 A mocidade necessita mais do que uma atenção casual, mais do que uma ocasional palavra de animação. Precisa de uma obra acurada, cuidadosa, secundada pela oração. Unicamente a pessoa cujo coração se acha cheio de amor e simpatia, será capaz de conquistar esses jovens aparentemente descuidosos e indiferentes. Nem todos podem ser auxiliados da mesma maneira. Deus trata com cada um segundo o seu temperamento e caráter, e nós devemos com Ele cooperar. Muitas vezes aqueles que passamos por alto indiferentemente, por julgarmos pelas aparências, possuem as melhores aptidões para serem obreiros, e corresponderão a todos os esforços feitos em seu favor. Deve-se dar mais consideração ao problema da maneira pela qual convém tratar os jovens, e mais fervorosa oração pela sabedoria necessária para lidar com o espírito humano. Pregação às crianças OE 208 2 Repita-se às crianças em todas as ocasiões oportunas, a história do amor de Jesus. Deixe-se em cada sermão um lugarzinho para benefício delas. O servo de Cristo pode fazer desses pequeninos, amigos duradouros. Não perca ele, portanto, oportunidade de os ajudar a se tornarem mais inteligentes no conhecimento das Escrituras. Isso contribuirá mais do que avaliamos para impedir o caminho aos ardis de Satanás. Se as crianças cedo se familiarizam com as verdades da Palavra de Deus, erguer-se-á uma barreira contra a impiedade, e elas serão habilitadas a enfrentar o inimigo com as palavras: "Está escrito." OE 208 3 Os que dão instruções à infância e à mocidade, devem evitar observações enfadonhas. Falar com brevidade, indo direto ao ponto, terá uma feliz influência. Se há muita coisa para dizer, substituí pela frequência aquilo de que a brevidade os privou. Algumas observações interessantes, feitas de quando em quando, serão mais eficazes do que comunicar todas as instruções de uma só vez. Longos discursos fatigam a mente dos jovens. Falar demasiado levá-los-á mesmo a aborrecer as instruções espirituais, da mesma maneira que o comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, conduzindo ao enjôo da comida. Nossas instruções à igreja, e especialmente à juventude, devem ser dadas, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. As crianças devem ser atraídas para o Céu, não asperamente, mas com muita brandura. Penetrar nos sentimentos da mocidade OE 209 1 Devemos procurar penetrar nos sentimentos da mocidade, compartilhando de suas alegrias e tristezas, lutas e vitórias. Jesus não permaneceu no Céu, afastado dos aflitos e pecadores; Ele baixou a este mundo, a fim de Se familiarizar com a fraqueza, o sofrimento e as tentações da humanidade caída. Baixou até a nossa condição, a fim de nos poder elevar. Em nossa obra em prol dos jovens, devemos chegar até eles, se os queremos auxiliar. Quando jovens discípulos são vencidos pela tentação, não os tratem os mais velhos em experiência com aspereza, nem olhem com indiferença os seus esforços. Lembrai-vos de que vós mesmos tendes manifestado muitas vezes pouca força para resistir ao poder do tentador. Sede tão pacientes com esses cordeiros do rebanho, como desejaríeis que os outros fossem para convosco. Deus nos tem constituído de maneira que mesmo os mais fortes, necessitam de simpatia. Quanto mais, então, a necessitam as crianças! Um só olhar de compaixão acalmará e dará forças à criança tentada e provada. OE 209 2 Jesus pede a todo extraviado: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração." Provérbios 23:26. "Voltai, ó filhos rebeldes, Eu curarei as vossas rebeliões." Jeremias 3:22. A mocidade não pode ser verdadeiramente feliz sem o amor de Jesus. Com piedosa ternura Ele está esperando ouvir a confissão dos extraviados, e aceitar-lhes o arrependimento. Espera qualquer retribuição em reconhecimento da parte deles, como a mãe o sorriso de gratidão de seu amado filhinho. O grande Deus nos ensina a chamar-Lhe Pai. Ele deseja que compreendamos quão ansiosa e ternamente Seu coração se compadece de nós em todas as nossas provas e tentações. "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem." Salmos 103:13. Mais depressa a mãe se esqueceria de seu filho, do que Deus de uma alma que nEle confia. A juventude deve fazer sua parte na obra da igreja OE 210 1 Havendo a juventude entregado o coração a Deus, não cessa ainda nossa responsabilidade em seu favor. É preciso que eles se interessem na obra do Senhor, e sejam levados a ver que Ele espera que façam alguma coisa para que Sua causa avance. Não basta mostrar quanto se precisa fazer, e insistir com a mocidade para tomar parte. É mister ensinar-lhes a maneira de trabalhar para o Mestre. Exercitá-los, discipliná-los, adestrá-los nos melhores métodos de atrair almas para Cristo. Ensinai-os a experimentar, quieta e despretensiosamente, auxiliar seus jovens companheiros. Disponham-se sistematicamente vários ramos de trabalho missionário, nos quais eles possam tomar parte, e dêem-se-lhes instruções e auxílio. Assim aprenderão a trabalhar para Deus. OE 210 2 Não imagineis que vos seja possível despertar o interesse dos jovens indo à reunião missionária e pregando longo sermão. Planejai meios pelos quais se possa despertar um vivo interesse. Cada semana os jovens devem levar seus relatórios, contando o que têm tentado fazer pelo Salvador, e o êxito obtido. Se as reuniões missionárias fossem uma ocasião para apresentar esses relatórios, não se tornariam desinteressantes, monótonas, enfadonhas. Seriam cheias de atrativos, e não haveria falta de assistência. OE 211 1 O talento juvenil, bem organizado e bem educado, é necessário em nossas igrejas. Os jovens farão alguma coisa com suas transbordantes energias. A menos que essas energias sejam dirigidas por condutos certos, serão pelos jovens usadas de maneira que ferirá sua própria espiritualidade e se demonstrará um mal àqueles com quem se associam. OE 211 2 Esteja o coração do que instrui ligado ao dos que se acham sob seu cuidado. Lembre-se de que eles têm muitas tentações a enfrentar. Mal imaginamos os traços objetáveis de caráter transmitidos a eles como herança, e quantas vezes lhes sobrevêm tentações que são o resultado dessa herança. OE 211 3 O protetor cuidado que o subpastor há de ter para com os cordeiros do rebanho é bem ilustrado por uma gravura que eu vi, representando o Bom Pastor. Este está guiando, à frente, enquanto o rebanho O segue imediatamente atrás. Em Seus braços Ele conduz um impotente cordeirinho, ao passo que a mãe deste caminha ao Seu lado, confiantemente. Da obra de Cristo, disse Isaías: "Entre os Seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no Seu regaço." Isaías 40:11. Os cordeirinhos necessitam mais do que alimento diário. Precisam de proteção, e de ser continuamente guardados com terno cuidado. Se um se desgarra, deve ser procurado. A imagem é bela, representa bem o amorável serviço que o subpastor do rebanho de Cristo deve fazer por aqueles que se acham sob sua proteção e cuidado. OE 212 1 Irmãos do ministério, abri vossas portas aos rapazes que se acham expostos à tentação. Aproximai-vos deles mediante o esforço pessoal. O mal os convida de todo lado. Buscai interessá-los naquilo que os auxilie a viverem uma vida mais elevada. Não vos mantenhais afastados deles. Trazei-os para junto de vossa mesa, nos serões da noite; convidai-os a se unirem convosco em torno do altar de família. Lembremo-nos das reivindicações de Deus quanto a nós, para que tornemos a vereda do Céu luminosa e atrativa. OE 212 2 Devemos educar os jovens em ajudar a juventude; e ao buscarem fazer esta obra, obterão uma experiência que os habilitará a tornarem-se consagrados obreiros em mais ampla esfera. Milhares de corações podem ser alcançados pela maneira mais simples e humilde. Os mais intelectuais, aqueles que são considerados e louvados como os homens e mulheres mais bem dotados do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas palavras simples e emanadas do coração de uma pessoa que ama a Deus. ... Mas a expressão verdadeira, sincera, de um filho ou filha de Deus, emitida com natural simplicidade, abrirá a porta a corações por muito tempo cerrados. -- Testemunhos Seletos 2:402. OE 212 3 Desde a infância, Timóteo conhecia as Escrituras; e esse conhecimento lhe foi uma salvaguarda contra as más influências que o rodeavam e a tentação de preferir o prazer e a satisfação própria ao dever. Todos os nossos filhos necessitam dessa salvaguarda; e deve constituir parte da obra dos pais e dos embaixadores de Cristo, o ver que as crianças sejam convenientemente instruídas na Palavra de Deus. -- Testemunhos Seletos 1:258. ------------------------Capítulo 46 -- Oração pelos doentes OE 213 1 A própria essência do evangelho é restauração, e o Salvador quer que Seus servos convidem o enfermo, o desanimado e o aflito a apoderar-se de Sua força. Os servos de Deus são os canais de Sua graça, e Ele deseja, por intermédio deles, exercer Seu poder de curar. É a obra deles apresentar o doente e o sofredor a Cristo nos braços da fé. Devem viver tão chegados a Ele, e tão patentemente revelar em sua vida a operação de Sua verdade, que Ele os possa fazer instrumentos de bênçãos aos necessitados de cura física e espiritual. OE 213 2 É nosso privilégio orar com os doentes, ajudá-los a apoderar-se do escudo da fé. Anjos de Deus se acham bem perto daqueles que assim ministram à sofredora humanidade. O consagrado embaixador de Cristo que, quando solicitado a abeirar-se de um enfermo, busca firmar sua atenção sobre as realidades divinas, está realizando uma obra que há de perdurar através da eternidade. E, ao aproximar-se dos doentes com o conforto de uma esperança obtida mediante a fé em Cristo e a aceitação das divinas promessas, sua própria experiência se enriquece cada vez mais de força espiritual. OE 213 3 Tendo a consciência despertada, muita alma turbada, sofrendo de moléstias físicas em resultado de contínuas transgressões, exclama: "Senhor, tem misericórdia de mim, pecador; faze-me Teu filho"! É então que o ministro, forte na fé, deve estar pronto a dizer ao sofredor que há esperança para o penitente; que em Jesus, todo aquele que anseia auxílio e aceitação pode encontrar livramento e paz. Aquele que, em mansidão e amor, assim leva o evangelho à alma aflita, tão necessitada de sua mensagem de esperança, é um porta-voz dAquele que Se deu a Si mesmo pela humanidade. Ao proferir ele palavras eficazes, adequadas, e ao orar por uma pessoa que jaz no leito de dor, Jesus faz a petição. Deus fala por lábios humanos. O coração é tocado. A humanidade é posta em contato com a divindade. OE 214 1 O ministro deve compreender por experiência, que o poder calmante da graça de Cristo traz saúde e paz, e plenitude de alegria. Deve conhecer a Cristo como Aquele que convidou os cansados e oprimidos a virem a Ele e encontrar descanso. Não esqueça nunca que a amorável presença do Salvador circunda constantemente todo agente humano ordenado por Deus para a comunicação de bênçãos espirituais. A lembrança disto lhe dará vitalidade à fé, e fervor às petições. OE 214 2 Então ele pode comunicar o poder vitalizante da verdade de Deus aos que apelam para ele em busca de auxílio. Pode falar das obras de cura operadas por Cristo, e dirigir a mente do enfermo para Ele, como o grande Médico, que é luz e vida, bem como conforto e paz. Pode-lhes dizer que não precisam desesperar, que o Salvador os ama e que, se a Ele se entregarem, possuirão o Seu amor, Sua graça e Seu poder mantenedor. Insista com eles para que descansem nas promessas de Deus, sabendo que Aquele que deu essas promessas é nosso melhor e mais fiel Amigo. Enquanto ele se esforça por encaminhar o espírito para as coisas celestiais, verificará que o pensamento da terna simpatia dAquele que sabe a exata maneira de aplicar o bálsamo curador, dará ao doente uma sensação de descanso e sossego. OE 215 1 O divino Médico acha-Se presente na câmara do enfermo; ouve toda palavra das orações que Lhe são dirigidas na simplicidade de uma fé genuína. Seus discípulos hoje têm de orar pelos doentes, da mesma maneira que o faziam os de outrora. E haverá restabelecimentos; pois "a oração da fé salvará o doente". Tiago 5:15. OE 215 2 Temos na Palavra de Deus instruções relativas à oração especial pelo restabelecimento de um doente. Mas tal oração é um ato soleníssimo, e não o devemos realizar sem atenta consideração. Em muitos casos de oração pela cura de um doente, o que se chama fé não é nada mais que presunção. OE 215 3 Muitas pessoas chamam sobre si a doença pela condescendência consigo mesmas. Não têm vivido segundo as leis naturais, ou os princípios da estrita pureza. Outros têm desconsiderado as leis da saúde em seus hábitos no comer e beber, vestir ou trabalhar. Freqüentemente é alguma forma de vício a causa do enfraquecimento mental ou físico. Obtivessem essas pessoas a bênção da saúde, e muitas delas continuariam a seguir o mesmo rumo de descuidosa transgressão das leis naturais e espirituais de Deus, raciocinando que, se Ele as cura em resposta à oração, elas se acham em liberdade de prosseguir em práticas nocivas, condescendendo sem restrições com apetites pervertidos. Se Deus operasse um milagre para restaurar à saúde essas pessoas, estaria animando o pecado. OE 215 4 É trabalho perdido ensinar o povo a volver-se para Deus como Aquele que lhes cura as enfermidades, a menos que sejam também ensinados a renunciar aos hábitos nocivos. Para que recebam Sua bênção em resposta à oração, devem cessar de fazer o mal e aprender a fazer o bem. Seu ambiente deve ser higiênico, corretos os seus hábitos de vida. Devem viver em harmonia com a lei de Deus, tanto a natural, como a espiritual. A confissão dos pecados OE 216 1 Deve-se tornar claro aos que desejam orações por seu restabelecimento, que a violação da lei de Deus, quer natural quer espiritual, é pecado, e que a fim de receber Suas bênçãos, ele deve ser confessado e abandonado. OE 216 2 A Escritura nos ordena: "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros para que sareis." Tiago 5:16. Ao que solicita orações, sejam apresentados pensamentos como este: "Nós não podemos ler o coração, nem conhecer os segredos de vossa vida. Estes são conhecidos unicamente por vós mesmos e por Deus. Se vos arrependeis de vossos pecados, é o vosso dever fazer confissão deles." OE 216 3 O pecado de natureza particular deve ser confessado a Cristo, o único mediador entre Deus e o homem. Pois "se alguém pecar temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo". 1 João 2:1. Todo pecado é uma ofensa a Deus, e Lhe deve ser confessado por intermédio de Cristo. Todo pecado público, deve ser do mesmo modo publicamente confessado. A ofensa feita a um semelhante, deve ser ajustada com a pessoa ofendida. Se alguém que deseja recuperar a saúde, se acha culpado de maledicência, se semeou a discórdia no lar, na vizinhança ou na igreja, suscitando separação e dissensão, se por qualquer má prática, induziu outros a pecar, essas coisas devem ser confessadas diante de Deus e perante os ofendidos. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. OE 217 1 Havendo os erros sido endireitados, podemos apresentar as necessidades do enfermo ao Senhor com fé tranqüila, como Seu Espírito nos indicar. Ele conhece cada indivíduo por nome, e cuida de cada um como se não houvesse na Terra nenhum outro por quem houvesse dado Seu bem-amado Filho. Por ser o amor de Deus tão grande e inalterável, o doente deve ser estimulado a confiar nEle e ficar animoso. Estar ansioso quanto a si mesmo tende a causar fraqueza e doença. Se eles se erguerem acima da depressão e da tristeza, será melhor sua perspectiva de restabelecimento; pois "os olhos do Senhor estão sobre os que esperam na Sua misericórdia". Salmos 33:18. Submissão à vontade de Deus OE 217 2 Ao orar pelos doentes, cumpre lembrar que "não sabemos o que havemos de pedir como convém". Romanos 8:26. Não sabemos se a bênção que desejamos será para o bem ou não. Portanto, nossas orações devem incluir este pensamento: "Senhor, Tu conheces todo segredo da alma. Estás familiarizado com estas pessoas. Jesus, seu Advogado, deu a vida por elas. Seu amor por elas é maior do que é possível ser o nosso. Se, portanto, for para Tua glória e o bem dos aflitos, pedimos, em nome de Jesus, que sejam restituídos à saúde. Se não for da Tua vontade que se restaurem, rogamos-Te que a Tua graça os conforte e a Tua presença os sustenha em seus sofrimentos." OE 218 1 Deus conhece o fim desde o princípio. Conhece de perto o coração de todos os homens. Lê todo segredo da alma. Sabe se aqueles por quem se fazem as orações haviam ou não de resistir às provações que lhes sobreviriam, houvessem eles de viver. Sabe se sua vida seria uma bênção ou uma maldição para si mesmos e para o mundo. Esta é uma razão pela qual, ao mesmo tempo que apresentamos nossas petições com fervor, devemos dizer: "Todavia não se faça a minha vontade mas a Tua." Lucas 22:42. Jesus acrescentou estas palavras de submissão à sabedoria e vontade de Deus, quando, no jardim de Getsêmani, rogava: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice." Mateus 26:39. Se elas eram apropriadas para Ele, o Filho de Deus, quanto mais adequadas são nos lábios dos finitos e errantes mortais! OE 218 2 A atitude coerente é expor nossos desejos a nosso todo-sábio Pai celeste e então, em perfeita segurança, tudo a Ele confiar. Sabemos que Deus nos ouve se pedimos em harmonia com a Sua vontade. Mas insistir em nossas petições sem um espírito submisso, não é correto; nossas orações devem tomar a forma, não de uma ordem, mas de uma intercessão. OE 218 3 Casos há em que o Senhor opera decididamente por Seu divino poder na restauração da saúde. Mas nem todos os doentes são sarados. Muitos são postos a dormir em Jesus. João, na ilha de Patmos, foi mandado escrever: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos e as suas obras os sigam." Apocalipse 14:13. Vemos por aí que, se as pessoas não forem restituídas à saúde, não devem ser por isso, consideradas como faltas de fé. OE 219 1 Todos nós desejamos respostas imediatas e diretas às nossas orações, e somos tentados a ficar desanimados quando a resposta é retardada ou vem por uma maneira que não esperávamos. Mas Deus é demasiado sábio e bom para atender nossas petições sempre justamente ao tempo e pela maneira que desejamos. Ele fará mais e melhor por nós do que realizar sempre os nossos desejos. E como podemos confiar em Sua sabedoria e Seu amor, não devemos pedir que nos conceda a nossa vontade, mas buscar identificar-nos com Seu desígnio, e cumpri-lo. Nossos desejos e interesses devem-se fundir com Sua vontade. OE 219 2 Estas experiências que provam a fé são para nosso bem. Por elas se manifesta se nossa fé é verdadeira e sincera, repousando unicamente na palavra de Deus, ou se depende de circunstâncias, sendo incerta e instável. A fé é revigorada pelo exercício. Devemos permitir que a paciência tenha sua obra perfeita, lembrando-nos de que há preciosas promessas nas Escrituras para aqueles que esperam no Senhor. OE 219 3 Nem todos compreendem esses princípios. Muitos dos que buscam as restauradoras mercês do Senhor, pensam que devem ter uma resposta direta e imediata a suas orações, ou se não sua fé é falha. Por esta razão os que estão enfraquecidos pela moléstia precisam ser sabiamente aconselhados, para que procedam prudentemente. Eles não devem desatender ao seu dever para com os amigos que lhes sobreviverem, nem negligenciar o emprego dos agentes naturais. OE 219 4 Há muitas vezes perigo de erro nisto. Crendo que hão de ser curados em resposta à oração, alguns temem fazer qualquer coisa que pudesse indicar falta de fé. Mas não devem negligenciar o pôr em ordem os seus negócios como desejariam se esperassem ser tirados pela morte. Nem também temer proferir palavras de animação ou de conselho que gostariam de dirigir aos seus amados na hora da partida. Agentes medicinais; exemplos bíblicos OE 220 1 Os que buscam a cura pela oração, não devem negligenciar o emprego de remédios ao seu alcance. Não é uma negação da fé usar os remédios que Deus proveu para aliviar a dor e ajudar a natureza em sua obra de restauração. Não é nenhuma negação da fé cooperar com Deus, e colocar-se nas condições mais favoráveis para o restabelecimento. Deus pôs em nosso poder o obter conhecimento das leis da vida. Este conhecimento foi colocado ao nosso alcance para ser empregado. Devemos usar todo recurso para restauração da saúde, aproveitando-nos de todas as vantagens possíveis, agindo em harmonia com as leis naturais. Tendo orado pelo restabelecimento do doente, podemos trabalhar com muito maior energia ainda, agradecendo a Deus o termos o privilégio de cooperar com Ele, e pedindo-Lhe a bênção sobre os meios por Ele próprio fornecidos. OE 220 2 Temos a sanção da Palavra de Deus quanto ao uso de remédios. Ezequias, rei de Israel, estava doente, e um profeta de Deus levou-lhe a mensagem de que haveria de morrer. Ele clamou ao Senhor, e Este ouviu a Seu servo, e mandou-lhe dizer que lhe seriam acrescentados quinze anos de vida. Ora, uma palavra de Deus haveria curado instantaneamente a Ezequias; mas foram dadas indicações especiais: OE 221 1 "Tomem uma pasta de figos, e a ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará." Isaías 38:21. OE 221 2 Certa ocasião Cristo ungiu os olhos de um cego com terra, e mandou-lhe: "Vai, lava-te no tanque de Siloé.... Foi pois, e lavou-se e voltou vendo." João 9:7. A cura poderia ser operada unicamente pelo poder do grande Médico; todavia, Cristo fez uso de simples agentes da Natureza. Conquanto Ele não favorecesse as medicações de drogas, sancionou o emprego de remédios simples e naturais. OE 221 3 Ao termos orado pela restauração de um enfermo, seja qual for o desenlace do caso, não percamos a fé em Deus. Se formos chamados a sofrer a perda, aceitemos o amargo cálice, lembrando-nos de que é a mão de um Pai que no-lo chega aos lábios. Mas sendo a saúde restituída, não se deveria esquecer que o objeto da misericordiosa cura se acha sob renovada obrigação para com o Criador. Quando os dez leprosos foram purificados, apenas um voltou em busca de Jesus para dar-Lhe glória. Que nenhum de nós seja como os inconsiderados nove, cujo coração ficou insensível diante da misericórdia de Deus. "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." Tiago 1:17. -- A Ciência do Bom Viver, 227-233. ------------------------Capítulo 47 -- Ensinar o povo a ser liberal OE 222 1 Nunca deve o obreiro que organiza pequenos grupos aqui e ali, dar aos recém-convertidos à fé, a impressão de que Deus não exige que eles trabalhem sistematicamente em auxiliar na manutenção da causa, seja por seus trabalhos pessoais, seja por meio de seus recursos. Freqüentemente os que recebem a verdade se acham entre os pobres do mundo; não devem, porém, fazer disso uma desculpa para negligenciar os deveres que sobre eles recaem em vista da preciosa luz que receberam. Não devem permitir que a pobreza os impeça de depositar um tesouro no Céu. As bênçãos ao alcance do rico, acham-se também ao seu alcance. Se são fiéis no emprego do pouco que possuem, seu tesouro no Céu aumentará segundo sua fidelidade. É o motivo pelo qual trabalham, não a quantidade feita, que torna sua oferta valiosa à vista do Céu. OE 222 2 Todos devem ser ensinados a fazer pelo Mestre o que lhes estiver ao alcance; a devolver-Lhe segundo a prosperidade que lhes tem dado. Ele reclama como Sua a décima parte de suas rendas, sejam elas grandes ou pequenas; e aqueles que a retêm cometem roubo para com Ele, e não podem esperar que Sua mão lhes dê prosperidade. Ainda que a igreja seja composta, na maioria, de irmãos pobres, o assunto da liberalidade sistemática deve ser plenamente exposto, e o plano adotado de coração. Deus é capaz de cumprir Suas promessas. Seus recursos são infinitos, e Ele os emprega todos em cumprir Seus desígnios. E quando Ele vê um fiel cumprimento do dever na devolução do dízimo, muitas vezes, em Sua sábia providência, proporciona meios pelos quais este seja aumentado. Aquele que segue o plano de Deus no pouco que lhe foi dado, receberá a mesma recompensa que aquele que oferta de sua abundância. OE 223 1 O mesmo se verifica relativamente aos que empregam alegremente seus talentos de aptidões na causa de Deus, ao passo que os que deixam de desenvolver o que lhes foi dado incorrerão na mesma perda que lhes adviria se esse pouco houvesse sido muito. Foi o homem que possuía apenas um talento, mas que o escondeu na terra, que recebeu a condenação do Senhor. OE 223 2 O plano de Deus no sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e igualdade. Todos dele podem lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se reúne simplicidade e utilidade, e não é preciso profundeza de saber para o entender e executar. Todos podem sentir que está ao seu alcance tomar parte no levar avante a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem se pode tornar tesoureiro para o Senhor, e ser um agente para satisfazer às exigências feitas ao tesouro. ... OE 223 3 Grandes objetivos são realizados por esse sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de proclamar a última mensagem de advertência ao mundo. -- Testimonies for the Church 3:388, 389. ------------------------Capítulo 48 -- O sustento do evangelho OE 224 1 O Senhor fez com que a proclamação do evangelho dependesse do trabalho e dádivas voluntárias de todo o Seu povo. Aquele que proclama a mensagem de misericórdia aos homens caídos, tem outra obra a fazer -- apresentar ao povo o dever que lhes cabe de sustentar a obra de Deus com seus recursos. Precisa ensinar-lhes que uma parte de suas rendas pertence a Deus, e deve-se dedicar, religiosamente, à Sua obra. Esta lição cumpre-lhe apresentar tanto por preceito, como por exemplo; deve cuidar em que, pelo próprio exemplo, não enfraqueça a força de seu ensino. OE 224 2 Aquilo que, de acordo com as Escrituras, foi posto à parte, como pertencendo ao Senhor, constitui a renda do evangelho, e não mais nos pertence. Não é nada menos que sacrilégio, um homem lançar mão do tesouro do Senhor a fim de se servir a si, ou a outros, em seus negócios temporais. Alguns são culpados de haver retirado do altar do Senhor aquilo que Lhe foi especialmente consagrado. Todos devem considerar esse assunto sob seu verdadeiro aspecto. Ninguém, vendo-se em situação precária, tire dinheiro consagrado a fins religiosos, empregando-o para seu próprio proveito, e acalmando a consciência com o dizer que o restituirá futuramente. Prefira cortar as despesas segundo as rendas que tem, restringir as necessidades e viver de acordo com os meios, a usar o dinheiro do Senhor para fins seculares. O emprego do dízimo OE 224 3 Deus deu orientação especial quanto ao emprego do dízimo. Ele não quer que Sua obra seja entravada por falta de meios. Para que não haja uma obra acidental, nem engano, Ele tornou bem claro o nosso dever sobre esses pontos. A porção que Deus reservou para Si, não deve ser desviada para nenhum outro desígnio que não aquele por Ele especificado. Ninguém se sinta na liberdade de reter o dízimo, para empregá-lo segundo seu próprio juízo. Não devem servir-se dele numa emergência, nem usá-lo segundo lhes pareça justo, mesmo no que possam considerar como obra do Senhor. OE 225 1 O pastor deve por preceito e exemplo, ensinar o povo a considerar o dízimo como sagrado. Não deve pensar que o pode reter e aplicar conforme o seu próprio juízo, por ser pastor. Não lhe pertence. Ele, pastor, não tem a liberdade de separar para si o que pense pertencer-lhe. Não deve apoiar qualquer plano para desviar de seu legítimo emprego os dízimos e ofertas dedicados a Deus. Eles devem ser postos em Seu tesouro, e mantidos sagrados para o serviço dEle, de acordo com o que designou. OE 225 2 Deus deseja que todos os Seus mordomos sejam exatos no seguir os planos divinos. Eles não devem alterar os mesmos para praticar alguns atos de caridade, ou dar algum donativo ou oferta quando e como eles, os agentes humanos, acharem oportuno. É um lamentável método da parte dos homens, procurarem melhorar os planos de Deus, inventando expedientes, tirando uma média de seus bons impulsos, contrapondo-os às reivindicações divinas. Deus requer de todos que ponham sua influência do lado de Seu próprio plano. Ele o tornou conhecido; e todos quantos quiserem cooperar com Ele, têm de levar avante este plano, em vez de ousar tentar melhorá-lo. OE 226 1 O Senhor instruiu a Moisés quanto a Israel: "Tu pois ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveiras, batido para o candeeiro; para fazer arder as lâmpadas continuamente." Êxodo 27:20. Isso devia ser uma oferta contínua, para que a casa de Deus fosse devidamente provida do que era necessário para Seu serviço. Seu povo de hoje precisa lembrar que a casa de culto é propriedade do Senhor, e que deve ser escrupulosamente cuidada. Mas o fundo para essa obra não deve provir do dízimo. OE 226 2 Uma mensagem muito clara, definida, me foi dada para nosso povo. É-me ordenado dizer-lhes que estão cometendo um erro em aplicar os dízimos a vários fins, os quais, embora bons em si mesmos, não são aquilo em que o Senhor disse que o dízimo deve ser aplicado. Os que assim o empregam, estão-se afastando do plano de Deus. Ele os julgará por essas coisas. OE 226 3 Um raciocina que o dízimo pode ser aplicado para fins escolares. Outros argumentam ainda que os colportores devem ser sustentados com o dízimo. Comete-se grande erro quando se retira o dízimo do fim em que deve ser empregado -- o sustento dos ministros. Deveria haver hoje no campo uma centena de obreiros bem habilitados, onde existe unicamente um. Uma obrigação solene OE 226 4 O dízimo é sagrado, reservado por Deus para Si mesmo. Tem de ser trazido ao Seu tesouro, para ser empregado em manter os obreiros evangélicos em seu labor. Durante longo tempo o Senhor tem sido roubado, porque há pessoas que não compreendem ser o dízimo a porção que Deus Se reserva. Alguns se têm sentido mal-satisfeitos, e dito: "Não devolverei mais o dízimo; pois não confio na maneira por que as coisas são dirigidas na sede da obra." Roubareis, porém, a Deus, por pensardes que a direção da obra não é correta? Apresentai vossa queixa franca e abertamente, no devido espírito, e às pessoas competentes. Solicitai em vossas petições que se ajustem as coisas e ponham em ordem; mas não vos retireis da obra de Deus, nem vos demonstreis infiéis porque outros não estejam fazendo o que é correto. OE 227 1 Lede atentamente o terceiro capítulo de Malaquias, e vede o que diz o Senhor a respeito do dízimo. Se nossas igrejas tomarem sua posição baseadas na Palavra do Senhor, e forem fiéis na devolução do dízimo ao Seu tesouro, mais obreiros serão animados a entrar para a obra ministerial. Mais homens se dedicariam ao ministério, não estivessem eles informados da escassez do tesouro. Devia haver abundante provisão no tesouro do Senhor, e haveria, se corações e mãos egoístas não houvessem retido os dízimos, ou empregado os mesmos para sustentar outros ramos de trabalho. OE 227 2 Os reservados recursos de Deus não devem ser usados a esmo. O dízimo pertence ao Senhor, e todos aqueles que tocam nele serão punidos com a perda de seu tesouro celestial, a menos que se arrependam. Que a obra não continue mais a ser impedida porque o dízimo foi desviado para vários fins diversos daquele para que o Senhor disse que ele devia ir. Devem-se estabelecer provisões para esses outros ramos da obra. Eles devem ser mantidos, mas não do dízimo. Deus não mudou; o dízimo tem de ser ainda empregado para a manutenção do ministério. A abertura de novos campos requer mais eficiência ministerial do que possuímos agora, e é preciso haver meios no tesouro. OE 228 1 Os que saem como pastores, têm uma solene responsabilidade pesando sobre eles, a qual é estranhamente negligenciada. Alguns gostam de pregar, mas não dedicam trabalho pessoal às igrejas. Há grande necessidade de instruções relativamente a obrigações e deveres para com Deus, especialmente no que respeita à devolução honesta do dízimo. Nossos pastores sentir-se-iam grandemente entristecidos se não fossem prontamente pagos por seu trabalho; mas, consideram eles que deve haver alimento no tesouro de Deus, com que se sustentem os obreiros? Se eles deixam de fazer todo o seu dever em educar o povo a ser fiel no devolver a Deus o que Lhe pertence, haverá falta de meios no tesouro para levar avante a obra do Senhor. OE 228 2 O superintendente do rebanho de Deus, deve-se desempenhar fielmente de seu dever. Se, porque isso lhe é desagradável, ele toma a atitude de deixar que qualquer outro o faça, não é um obreiro fiel. Leia ele as palavras do Senhor em Malaquias, acusando o povo de roubo para com Ele ao reterem os dízimos. O poderoso Deus declara: "Com maldição sois amaldiçoados." Malaquias 3:9. Quando aquele que ministra por palavra e doutrina, vê o povo seguindo um caminho que trará sobre si essa maldição, como pode negligenciar seu dever de dar instruções e advertências? Todo membro de igreja deve ser ensinado a ser fiel em devolver um dízimo honesto. -- Testimonies for the Church 9:246-251. ------------------------Capítulo 49 -- A influência do regime sobre a saúde OE 229 1 Aqueles sobre quem impendem importantes responsabilidades, e sobretudo os que são guardas dos interesses espirituais, devem ser homens de viva sensibilidade e rápida percepção. Mais que os outros, devem eles ser temperantes no comer. Alimentos muito condimentados e sofisticados não deveriam ter lugar em sua mesa. OE 229 2 Todos os dias homens que ocupam posição de responsabilidade têm de tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. É-lhes preciso com freqüência pensar rapidamente, e isto só pode ser feito com êxito pelos que observam estrita temperança. A mente se revigora sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se a tensão não é demasiada, sobrevém renovado vigor a cada esforço. Mas com freqüência a obra dos que têm importantes planos a considerar e sérias decisões a tomar é afetada para mal em conseqüência de um regime impróprio. Um estômago perturbado produz um estado mental incerto e perturbado. Causa muitas vezes irritabilidade, aspereza ou injustiça. Muito plano que haveria sido uma bênção para o mundo tem sido posto à margem; muitas medidas injustas, opressivas e mesmo cruéis têm sido executadas em resultado de estados enfermos, resultantes de hábitos errôneos no comer. OE 229 3 Eis uma sugestão para todos quantos têm trabalho sedentário ou especialmente mental; experimentem-no os que tiverem suficiente força moral e domínio próprio: Comei em cada refeição apenas duas ou três espécies de alimento simples, não ingerindo mais do que o necessário para satisfazer a fome. Fazei exercício ativo todos os dias, e vede se não experimentais benefício. -- A Ciência do Bom Viver, 309, 310. OE 230 1 Alguns ministros não são bastante cuidadosos em seus hábitos de alimentação. Ingerem grandes quantidades de alimento, e muita variedade numa refeição. Alguns só são reformadores de nome. Não têm regras pelas quais regulem seu regime, mas condescendem em comer frutas e nozes entre as refeições, pondo pesada carga sobre os órgãos digestivos. OE 230 2 Devido a imprudências no comer, os sentidos de alguns parecem paralisados, e eles são indolentes e sonolentos. Esses pastores de rosto pálido, que sofrem em resultado da condescendência egoísta com o apetite não são recomendação para a reforma de saúde. OE 230 3 Quando a pessoa sofre por excesso de trabalho, seria melhor privar-se de vez em quando de uma refeição, e dar assim à natureza ocasião de se recuperar. Nossos obreiros poderiam, por seu exemplo; fazer mais em favor da reforma de saúde, do que pregando-a. Quando amigos bem-intencionados lhes fazem preparativos elaborados, são fortemente tentados a desprezar o princípio; mas, recusando as delicadas iguarias, os substanciosos temperos, o chá e o café, eles se demonstram verdadeiros praticantes da reforma de saúde. OE 230 4 A condescendência com o apetite obscurece e entorpece a mente, embota as santas emoções da alma. As faculdades mentais e morais de alguns de nossos pastores são enfraquecidas pela alimentação imprópria e a falta de exercício físico. Os que desejam grandes quantidades de alimento não devem condescender com o apetite, mas exercer a abnegação, e reter a bênção de músculos ativos e cérebro desoprimido. Comer em excesso entorpece todo o ser mediante o desvio das energias de outros órgãos para fazer o trabalho do estômago. ------------------------Capítulo 50 -- Os ministros devem ensinar a reforma de saúde OE 231 1 Nossos ministros se devem tornar entendidos quanto à reforma de saúde. ... Eles devem compreender as leis que regem a vida física, e sua ação sobre a saúde da mente e da alma. Milhares e milhares pouco sabem quanto ao maravilhoso corpo que Deus lhes deu, ou do cuidado que ele deve receber; consideram de mais importância o estudar assuntos de muito menos conseqüência. Os ministros têm aí uma obra a fazer. Quando eles se colocarem a esse respeito na devida posição, muito será conseguido. Devem obedecer às leis da vida em sua maneira de viver e em sua casa, praticando os sãos princípios, e vivendo saudavelmente. Então estarão habilitados a falar acertadamente a esse respeito, levando o povo cada vez mais acima na obra da reforma. Vivendo eles próprios na luz, podem apresentar uma mensagem de grande valor aos que se acham em necessidade desses mesmos testemunhos. OE 231 2 Há preciosas bênçãos e ricas experiências a serem alcançadas se os ministros unirem a apresentação da questão da saúde com todos os seus trabalhos nas igrejas. O povo precisa receber a luz sobre a reforma de saúde. Essa obra tem sido negligenciada, e muitos estão prestes a perecer, por necessitarem da luz que devem e precisam ter para que abandonem as condescendências egoístas. OE 231 3 Os presidentes de nossas associações devem compreender que é bem tempo de eles tomarem a devida posição neste assunto. Ministros e professores devem transmitir aos outros a luz que têm recebido. Sua obra é necessária em toda linha. Deus os ajudará; Ele fortalecerá Seus servos para que fiquem firmes, e não sejam abalados na verdade e justiça para se acomodar à satisfação egoísta. ... OE 232 1 A luz que o Senhor deu em Sua Palavra a esse respeito, é clara, e os homens serão experimentados e provados de muitas maneiras, a ver se eles a seguirão. Toda igreja, toda família, precisa ser instruída relativamente à temperança cristã. Todos devem saber comer e beber de maneira a conservar a saúde. Achamo-nos entre as cenas finais da história deste mundo; e deve haver uma ação harmônica entre as fileiras dos observadores do sábado. Os que se conservam afastados da grande obra de instruir o povo sobre essa questão, não seguem o caminho por onde o Grande Médico está guiando. ... OE 232 2 O evangelho e a obra médico-missionária têm de avançar juntos. O evangelho precisa estar ligado aos princípios da verdadeira reforma de saúde. O cristianismo tem de ser introduzido na vida prática. Uma obra reformatória fervorosa, completa, precisa ser feita. A verdadeira religião bíblica é uma emanação do amor de Deus pelo homem caído. O povo de Deus deve avançar em linha reta, para impressionar o coração dos que estão buscando a verdade, que desejam fazer sua parte retamente nesta época intensamente séria. Cumpre-nos apresentar os princípios da reforma de saúde ao povo, envidando tudo quanto está ao nosso alcance para fazer com que homens e mulheres vejam a necessidade desses princípios e os ponham em prática. -- Testimonies for the Church 6:376-379. ------------------------Capítulo 51 -- A maneira de apresentar os princípios da reforma de saúde OE 233 1 O Senhor deseja que nossos pastores, médicos e membros de igreja sejam cautelosos em não insistir com os que são ignorantes quanto à nossa fé para fazerem repentinas mudanças no regime, levando assim os homens a uma prova antecipada. Mantende os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão, e acreditarão. Nem o Senhor requer que Seus mensageiros apresentem as belas verdades do viver saudável de maneira que prejudiquem os espíritos. Ninguém ponha pedras de tropeço diante dos pés dos que estão andando nas escuras veredas da ignorância. Mesmo em elogiar uma coisa boa, não sejais demasiado entusiastas, a fim de que não desvieis do caminho os ouvintes. Apresentai os princípios da temperança em sua maneira mais atrativa. OE 233 2 Não devemos agir presunçosamente. Os obreiros que entram em campo novo, para estabelecer igrejas, não devem criar dificuldades tentando salientar a questão do regime. Devem ser cuidadosos em não apertar demasiado com a questão, pois se poderia assim pôr impedimento no caminho de outros. Não deveis tanger o povo; conduzi-o. OE 233 3 Onde quer que a verdade for levada, dever-se-iam dar instruções quanto à maneira de preparar comida saudável. Deus deseja que em todos os lugares o povo seja ensinado por mestres hábeis, a utilizar sabiamente os produtos que eles podem cultivar ou obter facilmente na região em que vivem. Tanto os pobres como os que se acham em melhores circunstâncias, podem ser ensinados a viver saudavelmente. ------------------------Capítulo 52 -- O ministro e o trabalho manual OE 234 1 Ao mesmo tempo que Paulo tinha cuidado em apresentar aos seus conversos os positivos ensinos da Escritura com relação à devida manutenção da obra de Deus, e se bem que reclamasse para si, como ministro do evangelho, "o poder de deixar de trabalhar" (1 Coríntios 9:6) em empregos seculares como meio de vida, todavia em várias ocasiões, durante seu ministério nos grandes centros de civilização, ele trabalhou num ofício para obter sua própria subsistência. ... OE 234 2 É em Tessalônica que primeiro ouvimos a respeito de Paulo trabalhar com as próprias mãos num meio de vida, enquanto pregava a Palavra. Escrevendo à igreja dos crentes aí, ele lhes lembrava que podia ser-lhes pesado, e acrescenta: "Bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus." 1 Tessalonicenses 2:6, 9. E outra vez, em sua segunda epístola aos mesmos, declarou que ele e seus companheiros de trabalho, enquanto com eles, não haviam comido "de graça" "o pão de homem algum". Noite e dia trabalhando, escreveu ele, "para não sermos pesados a nenhum de vós. Não porque não tivéssemos autoridade, mas para vos dar em nós mesmo exemplo, para nos imitardes". 2 Tessalonicenses 3:8, 9.... OE 234 3 Quando Paulo visitou Corinto, encontrou-se entre gente que suspeitava dos intuitos dos estrangeiros. Os gregos no litoral eram espertos negociantes. Por tanto tempo se haviam exercitado em sagazes práticas comerciais, que haviam chegado a considerar o ganho como piedade, e que fazer dinheiro, fosse por meios lícitos ou não, era coisa recomendável. Paulo se achava familiarizado com seus característicos, e não lhes queria dar ocasião de dizer que ele pregava o evangelho a fim de se enriquecer. Ele podia, com razão, haver solicitado sustento de seus ouvintes coríntios; mas estava disposto a renunciar a esse direito, a fim de que sua utilidade e êxito como ministro não fossem prejudicados por suas injustas suspeitas de que ele pregava o evangelho por interesse. Ele procurava afastar qualquer ocasião de dar lugar a um mau juízo, a fim de não prejudicar a influência da mensagem. OE 235 1 Pouco depois de sua chegada a Corinto, Paulo encontrou "um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher". Estes eram "do mesmo ofício" que ele. Banidos pelo decreto de Cláudio, que ordenava que todos os judeus saíssem de Roma, Áquila e Priscila tinham vindo para Corinto, onde estabeleceram um negócio, como fazedores de tendas. Paulo fez indagações a respeito deles, e sabendo que eram tementes a Deus, e estavam buscando evitar as contaminadoras influências de que se viam rodeados "ficou com eles, e trabalhava. ... E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos." Atos dos Apóstolos 18:2-4. ... OE 235 2 Durante o longo período de seu ministério em Éfeso, onde ele desenvolveu por três anos ativa obra evangelística, através daquela região, Paulo trabalhava novamente em seu ofício. Em Éfeso, como em Corinto, o apóstolo foi alegrado pela presença de Áquila e Priscila, que o haviam acompanhado em seu regresso à Ásia, ao fim de sua segunda viagem missionária. OE 235 3 Alguns havia que objetavam ao fato de Paulo lidar com suas mãos, dizendo ser incompatível com a obra de um ministro do evangelho. Por que havia de Paulo, ministro da mais elevada categoria, assim ligar o trabalho mecânico com a pregação do evangelho? Não era o obreiro digno de seu salário? Por que havia de gastar em fazer tendas o tempo que, segundo todas as aparências, podia ser mais bem empregado? OE 236 1 Mas Paulo não reputava perdido o tempo assim empregado. Enquanto ele trabalhava com Áquila, mantinham-se em contato com o grande Mestre, não perdendo oportunidade de testemunhar em favor do Salvador, e de auxiliar os que disso necessitavam. Seu espírito esforçava-se sempre em busca de conhecimento espiritual. Dava a seus companheiros de trabalho instruções quanto às coisas espirituais, e dava ao mesmo tempo um exemplo de atividade e de esmero. Ele era um operário ligeiro e hábil, diligente no negócio, fervoroso "no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Enquanto trabalhava em seu ofício, o apóstolo estava em contato com uma classe de pessoas que, de outro modo, não teria podido atingir. Ele mostrava aos seus cooperadores que a habilidade nas artes comuns é dom de Deus, o qual provê, tanto o dom, como a sabedoria para o empregar devidamente. Ensinava que mesmo nos labores diários, Deus deve ser honrado. Suas mãos calosas em nada diminuíam a força de seus comoventes apelos como ministro cristão. ... OE 236 2 Se os ministros acham que estão sofrendo durezas e privações na causa de Cristo, vão, em imaginação, à oficina onde Paulo trabalhava. Tenham eles em mente que, ao mesmo tempo que esse escolhido homem de Deus está dando forma à lona, está trabalhando pelo pão a que faz jus por seus serviços como apóstolo. OE 236 3 O trabalho é uma bênção, não maldição. O espírito de indolência destrói a piedade e ofende o Espírito de Deus. Uma poça de água estagnada é prejudicial, mas uma corrente pura espalha saúde e alegria pela terra. Paulo sabia que os que negligenciam o trabalho físico em breve ficam enfraquecidos. Desejava ensinar aos jovens ministros que, trabalhando por suas mãos, pondo em exercício músculos e tendões, estes ficariam fortes para suportar as fadigas e privações que os aguardavam no campo evangélico. E ele compreendia que seus ensinos careciam de vigor e força, caso não mantivesse todas as partes do organismo devidamente exercitadas. ... OE 237 1 Nem todos quantos sentem que foram chamados a pregar, devem ser animados a atirar-se e a sua família, imediatamente sobre a igreja para receber contínuo sustento financeiro. Há perigo de que alguns, de limitada experiência, sejam estragados por lisonjas, e por imprudente animação a esperar inteiro sustento sem que haja de sua parte qualquer esforço sério. Os meios dedicados à dilatação da obra de Deus não devem ser consumidos por homens que desejam pregar apenas para receber o sustento, satisfazendo assim uma ambição egoísta quanto a uma vida cômoda. OE 237 2 Jovens que desejam exercitar seus talentos na obra do ministério, encontrarão uma lição proveitosa no exemplo de Paulo em Tessalônica, Corinto, Éfeso e outros lugares. Conquanto orador eloqüente, e escolhido por Deus para fazer uma obra especial, ele nunca se colocou acima do trabalho, nem se cansou nunca de se sacrificar pela causa que amava. "Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos." 1 Coríntios 4:11, 12. OE 238 1 Sendo um dos maiores mestres da humanidade, Paulo animosamente cumpria os mais humildes, bem como os mais elevados deveres. Quando, em seu serviço para o Mestre, as circunstâncias o pareciam exigir, de boa vontade trabalhava em seu ofício. Entretanto, estava sempre pronto a pôr de lado seu trabalho secular a fim de enfrentar a oposição dos inimigos do evangelho, ou aproveitar uma oportunidade de atrair almas para Jesus. Seu zelo e indústria são uma censura à indolência e ao desejo de comodidade. -- Atos dos Apóstolos, 346-355. OE 238 2 A falta de alguns ministros nossos quanto a exercitar todos os órgãos do corpo proporcionadamente, faz com que alguns desses órgãos fiquem cansados, enquanto outros se acham fracos por inação. Se se permitir o uso apenas de um órgão ou conjunto de músculos, esses ficarão esgotados, e grandemente debilitados. OE 238 3 Cada faculdade da mente e cada músculo tem sua função distinta, e todos devem ser igualmente exercitados, a fim de se desenvolverem devidamente, e conservarem saudável vigor. Cada órgão tem sua obra a fazer no organismo vivo. Cada roda do maquinismo tem de ser uma roda viva, ativa, trabalhadora. Todas as faculdades dependem umas das outras, e todas precisam de exercício para se desenvolver devidamente. -- Testimonies for the Church 3:310. ------------------------Capítulo 53 -- Nosso dever de conservar a saúde OE 239 1 Sinto-me penalizada ao ver tantos pastores fracos, tantos em leitos de enfermidade, tantos encerrando prematuramente sua história terrestre -- homens que têm suportado o peso de responsabilidades na causa de Deus, e cujo coração estava inteiro em sua obra. A convicção de que teriam de parar com seu labor na obra que amavam, era-lhes muito mais dolorosa que os sofrimentos ocasionados pela doença, ou mesmo o pensamento da morte em si mesma. OE 239 2 Nosso Pai celestial não aflige nem entristece de bom grado aos filhos dos homens. Não é o autor da doença e da morte; Ele é a fonte da vida. Deseja que os homens vivam; e deseja que sejam obedientes às leis da vida e da saúde, para que vivam. OE 239 3 Os que aceitam a verdade presente, e são santificados por meio dela, têm um intenso desejo de representá-la em sua vida e caráter. Sentem na alma um profundo anseio de que os outros vejam a luz e nela se regozijem. Ao sair o fiel atalaia, levando a preciosa semente, semeando junto a todas as águas, chorando e orando, a responsabilidade do trabalho é-lhe bem preocupante para a mente e o coração. Ele não pode suportar continuamente a tensão, tendo a alma abalada até ao íntimo, sem se esgotar prematuramente. Em cada discurso são necessárias energia e eficiência. E, de tempos a tempos é necessário que se tire do tesouro da Palavra de Deus uma nova provisão de coisas novas e velhas. Isso comunicará vida e poder aos ouvintes. Deus não quer que fiqueis tão exaustos que vossos esforços não tenham frescura ou vida. OE 240 1 Os que se empenham em constante labor mental, quer no estudo quer pregando, precisam de repouso e variação. O estudante fervoroso está constantemente forçando o cérebro, enquanto muitas vezes negligencia o exercício físico, e em resultado, as faculdades físicas são enfraquecidas e o esforço mental é restrito. Assim o estudante deixa de realizar a própria obra que ele poderia ter feito se tivesse trabalhado prudentemente. OE 240 2 Se trabalhassem inteligentemente, dando tanto ao corpo como à mente a devida quantidade de exercício, os pastores não sucumbiriam tão prontamente à moléstia. Se todos os nossos obreiros se achassem localizados de maneira que pudessem passar algumas horas, diariamente, em trabalho ao ar livre, e se sentissem na liberdade de o fazer, isso lhes seria uma bênção; seriam capazes de se desempenhar com mais êxito dos deveres de seu ofício. Se eles não têm lazer para afrouxar a tensão completamente, poderiam fazer planos e orar enquanto trabalham com as mãos, e voltariam à sua ocupação refrigerados no corpo e no espírito. OE 240 3 Alguns de nossos ministros acham que precisam realizar cada dia qualquer trabalho que possam relatar para a associação. E, em resultado de o buscar fazer, seus esforços são muitas vezes débeis e ineficientes. Eles devem ter períodos de repouso, de inteira liberdade de trabalho intenso. Esses períodos, porém, não podem tomar o lugar do exercício físico diário. OE 240 4 Irmãos, quando dedicais tempo a cultivar vosso jardim, adquirindo por essa forma o exercício necessário para manter o organismo em bom funcionamento, estais fazendo a obra de Deus tanto, como ao dirigir reuniões. Deus é nosso Pai; ama-nos, e não exige que nenhum de Seus servos trate mal a seu corpo. OE 241 1 Outra causa de má saúde e ineficiência no trabalho, é a má digestão. É impossível ao cérebro trabalhar da melhor maneira quando os órgãos digestivos são maltratados. Muitos comem apressadamente de várias espécies de comida, as quais estabelecem um conflito no estômago, confundindo assim o cérebro. O emprego de alimentos nocivos, e o comer em excesso, mesmo do que é saudável, devem ser igualmente evitados. OE 241 2 Muitos comem a toda hora, a despeito das leis da saúde. Depois, a mente fica obscurecida. Como podem os homens ser honrados com a iluminação divina, quando são tão descuidados em seus hábitos, tão desatenciosos para com a luz que Deus tem dado com relação a estas coisas? OE 241 3 Irmãos, não é tempo de vos converterdes quanto a essas condescendências egoístas? "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:24-27. Regime insuficiente OE 241 4 Não penseis, entretanto, que seja vosso dever viver com um regime insuficiente. Aprendei por vós mesmos o que vos convém comer, que espécie de alimento melhor nutre o corpo, e depois segui o ditame da razão e da consciência. Na hora das refeições deixai de parte preocupações e cuidados. Não estejais apressados, mas comei lenta e alegremente, com o coração cheio de reconhecimento para com Deus por todas as Suas bênçãos. E não vos ocupeis em trabalho mental imediatamente depois de uma refeição. Fazei um exercício moderado, e dai ao estômago um pouco de tempo para começar seu trabalho. OE 242 1 Essas coisas não são questão de pequena importância. Devemos dar-lhes atenção, se queremos dar aos vários ramos da obra vigor saudável e o devido tono. O caráter e a eficiência da obra dependem grandemente das condições físicas dos obreiros. Muitas reuniões de comissões e outras, realizadas para fins de conselho, têm tomado infeliz direção, devido ao estado dispéptico dos que nelas tomavam parte. E muito sermão tem recebido um tom sombrio em virtude de má digestão do pastor. OE 242 2 A saúde é uma bênção inestimável, e mais intimamente relacionada com a consciência e a religião, do que muitos imaginam. Afeta grandemente a capacidade de uma pessoa. Todo pastor deve sentir que, se quer ser um guarda fiel do rebanho, deve manter todas as suas faculdades em condições de prestar o melhor serviço possível. OE 242 3 Nossos obreiros devem empregar seus conhecimentos das leis da vida e da saúde. Lede os melhores autores sobre o assunto, e obedecei religiosamente o que vossa razão vos mostrar que é a verdade. OE 242 4 O Senhor me tem revelado que muitos, muitos serão salvos de degenerescência física, mental e moral por meio da influência prática da reforma de saúde. Far-se-ão conferências sobre a saúde; multiplicar-se-ão as publicações. Os princípios da reforma de saúde serão recebidos com agrado, e muitos... se adiantarão passo a passo para receber as verdades especiais para este tempo. -- Testimonies for the Church 6:378, 379. ------------------------Capítulo 54 -- O perigo do excesso de trabalho OE 243 1 Quando os apóstolos voltaram de sua primeira viagem missionária, a ordem que o Salvador lhes deu, foi: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." Marcos 6:31. Eles haviam trabalhado com dedicação total pelo povo, e isso lhes exaurira as forças físicas e mentais. Era seu dever repousar. OE 243 2 As compassivas palavras de Cristo se dirigem a Seus obreiros hoje em dia, da mesma maneira que aos discípulos. "Vinde vós, aqui à parte,... e repousai um pouco", diz Ele aos que se acham fatigados e exaustos. Não é sábio estar sempre sob a tensão do trabalho ou excitação, mesmo no ministrar às necessidades espirituais dos homens; pois assim a piedade pessoal é negligenciada, e a resistência mental, física e espiritual, é sobrecarregada. Exige-se abnegação dos servos de Cristo, e são precisos sacrifícios; mas Deus quer que todos estudem as leis da saúde, e usem a razão quando em Seu trabalho, a fim de que a vida que Ele deu seja conservada. OE 243 3 Conquanto Jesus pudesse operar milagres, e houvesse dotado Seus discípulos com o mesmo poder, mandou que Seus cansados discípulos fossem ao campo e descansassem. Quando Ele disse que a seara era grande e poucos os obreiros, não insistiu com os discípulos quanto à necessidade de trabalhar incessantemente, mas disse: "Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a Sua seara." Mateus 9:38. Deus tem designado a cada homem a sua obra, segundo a sua capacidade; e não quer que alguns fiquem sobrecarregados de responsabilidades, enquanto outros não tenham encargos, nem fadiga de alma. OE 244 1 Os servos de Cristo não devem tratar sua saúde com indiferença. Ninguém trabalhe a ponto de exaustão, incapacitando-se assim para futuros esforços. Não tenteis amontoar num dia o trabalho de dois. Afinal, verificar-se-á que os que trabalham cuidadosa e sabiamente, terão realizado tanto como os que expõem de tal modo sua resistência física e mental, que não possuem mais reservas de onde tirar no momento necessário. OE 244 2 A obra de Deus é mundial; ela requer cada jota e til de capacidade e força que possuamos. Há perigo de que Seus obreiros abusem de sua resistência, ao verem que o campo está branco para a ceifa; mas o Senhor não requer isto. Havendo Seus servos feito o melhor que podem, devem dizer: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros; mas Deus "conhece a nossa estrutura; lembra-Se de que somos pó". Salmos 103:14. OE 244 3 Reina por toda parte a intemperança no comer e beber, no trabalho e em quase tudo. Os que exercem grande tensão para realizar uma determinada porção em certo espaço de tempo, e continuam a trabalhar quando sua razão lhes diz que devem descansar, nunca saem ganhando. Estão despendendo forças, de que hão de necessitar em tempos futuros. Quando a energia que eles gastam tão descuidosamente é reclamada, falham à míngua dela. A resistência física desapareceu, e o poder mental acha-se inutilizado. Chegou-lhes o tempo da necessidade, e seus recursos se acham exaustos. OE 244 4 Cada dia traz as suas responsabilidades e deveres, mas os deveres de amanhã não devem ser acumulados nas horas de hoje. Deus é misericordioso, cheio de compaixão, razoável em Seus requisitos. Ele não nos pede que sigamos uma maneira de proceder que dará em resultado a perda de nossa saúde física, ou o enfraquecimento das faculdades mentais. Ele não quer que trabalhemos sob pressão ou tensão até ficarmos exaustos, com prostração nervosa. OE 245 1 Há necessidade de que os escolhidos obreiros de Deus escutem a ordem de sair à parte e descansar um pouco. Muitas vidas valiosas se têm sacrificado devido ao desrespeito a esse mandamento. Pessoas há, que poderiam estar conosco hoje, ajudando a levar avante a causa, tanto na pátria, como em terras estrangeiras, houvessem elas compreendido antes de ser tarde demais que necessitavam de repouso. Esses obreiros viram que o campo era demasiado vasto, e a necessidade de obreiros grande, e pensaram que deviam avançar, custasse o que custasse. Quando a natureza soltava um protesto, não lhe davam atenção, mas faziam o duplo do trabalho que deveriam ter feito; e Deus os levou à sepultura para descansar até que a última trombeta soe, chamando os justos à imortalidade. OE 245 2 Quando um obreiro tem estado sob grande pressão de cuidado e ansiedade, achando-se esgotado no corpo e na mente, deve afastar-se e descansar um pouco, não para satisfação egoísta, mas para que esteja melhor preparado para os deveres futuros. Temos um inimigo vigilante, que se acha sempre em nossas pegadas, pronto a se aproveitar de qualquer fraqueza que possa auxiliá-lo em tornar suas tentações eficazes. Quando a mente está esgotada e o corpo enfraquecido, ele intensifica sobre a alma suas mais cruéis tentações. Economize o obreiro suas forças e, quando fatigado pela lida, vá à parte, e comungue com Jesus. OE 246 1 Não me refiro aos que são constitucionalmente cansados, que pensam que estão carregando fardos mais pesados que qualquer outro. Os que não trabalham, não têm necessidade de repouso. Existem pessoas que se poupam, e que ficam muito longe de levar seu quinhão de responsabilidades. Podem falar de grandes e esmagadores fardos, mas não sabem o que significa suportá-los. Sua obra não apresenta senão mesquinhos resultados. OE 246 2 Foi aos que se achavam esgotados em Seu serviço, não aos que estavam continuamente se poupando, que Cristo dirigiu Suas amáveis palavras. E hoje em dia, é aos esquecidos de si mesmos, aos que trabalham até onde lhes é possível, que se afligem por não poder fazer mais, e que, em seu zelo, vão além de suas forças, que o Salvador diz: "Vinde vós, aqui parte,... e repousai um pouco." OE 246 3 Em todos quantos se acham sob a direção de Deus, deve-se ver uma vida que não se harmonize com o mundo, seus costumes ou práticas; e todos têm de ter experiência pessoal na obtenção do conhecimento da vontade divina.... Ele nos manda: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." Salmos 46:10. Somente assim se pode encontrar o verdadeiro descanso. E é essa a preparação eficaz para todo trabalho que se faz para Deus. Por entre a turba apressada e a tensão das febris atividades da vida, a alma que assim se refrigera será circundada por uma atmosfera de luz e paz. A vida exalará fragrância, e há de revelar um divino poder que atinge o coração dos homens. -- O Desejado de Todas as Nações, 363. ------------------------Capítulo 55 -- O estudo da Bíblia OE 249 1 Os pastores que quiserem trabalhar com eficácia pela salvação de almas, devem ser tanto estudantes da Bíblia, como homens de oração. É pecado da parte dos que tentam ensinar a Palavra a outros, negligenciarem eles próprios o seu estudo. São poderosas as verdades com que eles lidam? então devem lidar com elas habilmente. Suas idéias devem ser clara e vigorosamente apresentadas. De todos os homens sobre a face da Terra, devem ser os que proclamam a mensagem para este tempo os que mais compreendam a Bíblia, e estejam inteiramente familiarizados com as provas de sua fé. Uma pessoa que não possui o conhecimento da Palavra da vida, não tem o direito de procurar instruir outros no caminho do Céu. OE 249 2 A Bíblia é nossa regra de fé e doutrina. Não há coisa alguma mais de molde a comunicar vigor à mente e robustecer o intelecto, do que o estudo da Palavra de Deus. Nenhum outro livro é tão poderoso para elevar os pensamentos ou fortalecer as faculdades, como as vastas verdades da Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deveria, os homens possuiriam uma amplitude mental, uma nobreza de caráter, uma estabilidade de propósito que raramente se vêem neste tempo. OE 249 3 Milhares de homens que ministram do púlpito carecem das qualidades essenciais de espírito e caráter, porque não se aplicam ao estudo das Escrituras. Contentam-se com um conhecimento superficial das verdades da Palavra de Deus, e preferem prosseguir perdendo por todos os modos, a rebuscar diligentemente os tesouros ocultos. OE 250 1 Declara o salmista: "Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti." Salmos 119:11. E Paulo escreveu a Timóteo: "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." 2 Timóteo 3:16, 17. OE 250 2 A vida de Deus, que dá vida ao mundo, acha-se em Sua Palavra. Foi pela Sua Palavra que Jesus curava as enfermidades e expulsava demônios. Por Sua Palavra acalmou o mar e ressuscitou os mortos; e o povo dava testemunho de que Sua Palavra tinha autoridade. Ele falava a Palavra de Deus como a tinha falado para todos os escritores do Velho Testamento. Toda a Bíblia é uma manifestação de Cristo. É nossa única fonte de poder. OE 250 3 Essa Palavra não reprime a atividade. Abre caminhos para ela, diante do consciencioso indagador. Não deixa os homens em incerteza, sem um objetivo, mas põe-lhes em frente o mais elevado de todos -- atrair almas a Cristo. Põe-lhes na mão uma lâmpada que aclara o caminho do Céu. Fala de insondáveis riquezas, tesouros de inestimável valor. OE 250 4 A Palavra de Deus é a norma do caráter. Ao dar-nos esta Palavra, pôs-nos Deus de posse de toda verdade essencial à salvação. Milhares têm tirado água dessas fontes de vida; todavia não diminui sua provisão. Milhares têm colocado ao Senhor diante de si e, mediante a contemplação, têm sido transformados à mesma imagem. Mas esses indagadores não esgotaram esses grandes e santos temas. Outros milhares se podem empenhar na obra de pesquisar os mistérios da salvação. OE 251 1 Ao estudar o obreiro a vida de Cristo, e ao meditar no caráter de Sua missão, cada nova busca revelará algo mais profundamente interessante do que já foi desvendado. O assunto é inexaurível. O estudo da encarnação de Cristo, de Seu sacrifício expiatório e obra mediadora, ocupará a mente do diligente estudante enquanto o tempo durar; e contemplando o Céu com seus inumeráveis anos, exclamará: "Grande é o mistério da piedade!" 1 Timóteo 3:16. OE 251 2 Falamos acerca da primeira mensagem angélica, e da segunda mensagem angélica, e pensamos que compreendemos alguma coisa da mensagem do terceiro anjo. Mas enquanto nos contentarmos com um conhecimento limitado, não estaremos habilitados a obter mais claras visões da verdade. Aquele que prega a palavra da vida precisa dedicar tempo ao estudo da Bíblia, e ao exame do próprio coração. Negligenciando isto, não saberá como ministrar às almas necessitadas. O diligente e humilde estudante, buscando com fervorosa oração e estudo a verdade segundo ela é em Jesus, será muito seguramente recompensado. Ele busca auxílio, não nas idéias de escritores humanos, mas na Fonte da sabedoria e conhecimento; e, sob a guia de seres santos, obtém um claro conhecimento da verdade. OE 251 3 Não é pela força ou poder do instrumento humano que a verdade há de se imprimir na mente, "mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos". Zacarias 4:6. Não é o temperamento ou a eloqüência do que prega a Palavra que torna a sua obra bem-sucedida. Paulo pode plantar e Apolo regar, mas Deus dá o crescimento. É a familiarização do ministro com a Palavra de Deus, e sua submissão à vontade divina, que dá êxito aos seus esforços. OE 252 1 O coração que recebe a Palavra de Deus não é como um charco que se evapora, nem como uma cisterna rota que perde seu tesouro. É como a corrente da montanha, alimentada por infalíveis fontes, cujas águas frescas, saltam de rocha em rocha, espargindo-se, refrigerando o cansado, o sedento, o oprimido. OE 252 2 A familiarização com as verdades da Escritura dará ao mestre da verdade habilitações que o tornem um representante de Cristo. O espírito do ensino do Salvador dará força a sua instrução e súplicas, e as fará ir direto ao ponto. Seu testemunho não será estreito e sem vida; não pregará sempre os mesmos sermões; pois sua mente será aberta à constante iluminação do Espírito Santo. OE 252 3 "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue", disse Cristo, "tem a vida eterna." "Assim como o Pai que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim." "O espírito é o que vivifica,...; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:54, 57, 63. OE 252 4 Quando os servos de Deus conhecerem realmente o sentido dessas palavras, encontrar-se-ão no ministério os elementos da vida eterna. Cessarão os sermões fracos, sem vida. As verdades fundamentais do evangelho serão apresentadas numa nova luz. Haverá uma sã percepção da verdade, uma clareza e vigor que todos hão de discernir. Os que têm o privilégio de se achar sob tal ministério, se são suscetíveis à influência do Espírito Santo, hão de sentir o poder revigorante de uma nova vida. O fogo do amor de Deus será ateado em seu interior. Suas faculdades serão avivadas para discernir a beleza e a majestade da verdade. OE 253 1 O ministro que faz da Palavra de Deus sua constante companheira, há de apresentar continuamente verdades de nova beleza. O Espírito de Cristo virá sobre ele, e Deus operará por seu intermédio para ajudar a outros. O Espírito Santo lhe encherá a mente e o coração de esperança e ânimo, e imagens bíblicas, e tudo isso será comunicado aos que se encontram sob sua instrução. OE 253 2 Temos na Bíblia o infalível conselho de Deus. Seus ensinos, postos em prática, habilitarão os homens para qualquer posição de dever. É a voz de Deus falando cada dia à alma.... A obra do Espírito Santo é iluminar o obscurecido entendimento, abrandar o coração egoísta, empedernido, vencer o rebelde transgressor, e salvá-lo das influências corruptoras do mundo. A oração de Cristo por Seus discípulos foi: "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade." A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, penetra o coração do pecador, cortando-o em pedaços. Quando a teoria da verdade é repetida sem que sua sagrada influência seja sentida na alma do que fala, não tem nenhuma força sobre os ouvintes, mas é rejeitada como erro, tornando-se o próprio orador responsável pela perda de almas. -- Testimonies for the Church 4:441. ------------------------Capítulo 56 -- A oração particular OE 254 1 A oração de família, e em público, tem o seu lugar; mas é a comunhão particular com Deus que sustém a vida da alma. Foi no monte, com Deus, que Moisés contemplou o modelo daquela maravilhosa construção que devia ser o lugar permanente de Sua glória. É com Deus no monte -- o lugar particular de comunhão -- que havemos de contemplar Seu glorioso ideal para a humanidade. Assim seremos habilitados a moldar a construção de nosso caráter de tal maneira, que se possa cumprir em nós a promessa: "Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo." 2 Coríntios 6:16. OE 254 2 Enquanto empenhados em nosso trabalho diário, devemos erguer a alma ao Céu em oração. Essas silenciosas petições ascendem como incenso perante o trono da graça; e o inimigo é confundido. O cristão cujo coração é assim firmado em Deus, não pode ser vencido. Nenhuma arte maligna pode destruir-lhe a paz. Todas as promessas da Palavra de Deus, todo o poder da graça divina, todos os recursos de Jeová, estão empenhados em garantir-lhe o livramento. Foi assim que Enoque andou com Deus. E Deus era com ele, um socorro bem presente em todas as ocasiões de necessidade. OE 254 3 Os ministros de Cristo devem velar em oração. Eles podem ir com ousadia ao trono da graça, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. Podem, com fé, suplicar do Pai celestial sabedoria e graça, a fim de que possam saber trabalhar e lidar com o espírito das pessoas. OE 254 4 A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro meio de graça a pode substituir, e a saúde da alma ser conservada. A oração põe a alma em imediato contato com a Fonte da vida, e fortalece os nervos e músculos da vida religiosa. Negligenciai o exercício da oração, ou a ela vos dediqueis de quando em quando, com intermitências, segundo pareça conveniente, e perdereis vossa firmeza em Deus. As faculdades espirituais perdem sua vitalidade, a experiência religiosa carece de saúde e vigor. OE 255 1 É unicamente no altar de Deus que podemos acender nossos círios com fogo divino. É unicamente a luz divina que revelará a pequenez, a incompetência das habilidades humanas, e dará uma clara visão da perfeição e pureza de Cristo. É somente ao contemplarmos Jesus que desejamos ser-Lhe semelhantes, somente ao vermos Sua justiça, que temos fome e sede de a possuir; e é só ao pedirmos em oração fervorosa, que Deus nos assegurará o desejo de nosso coração. OE 255 2 Os mensageiros de Deus devem demorar-se longamente com Ele, se querem ter êxito em sua obra. Conta-se a história de uma velha senhora de Lancashire, que escutava as razões que os vizinhos apresentavam para o sucesso de seu ministro. Falavam de seus dotes, de seu estilo na linguagem, de suas maneiras. "Não", lhes disse a velha senhora, "eu lhes direi o que é. Vosso homem está muito unido com o Todo-poderoso." OE 255 3 Quando os homens forem tão devotos como Elias, e possuírem a fé que ele tinha, Deus Se revelará como o fez então. Quando os homens lutarem com o Senhor como Jacó, ver-se-ão novamente os resultados que se viram então. De Deus virá poder em resposta à oração da fé. OE 255 4 Como a vida de Jesus foi de contínua confiança, sustida por contínua comunhão, em Seu serviço para o Céu, Ele não falhou nem vacilou. Diariamente assediado pela tentação, tendo a constante oposição dos guias do povo, Cristo sabia que devia fortalecer Sua humanidade mediante a oração. Para que fosse uma bênção aos homens, precisava comungar com Deus, dEle obtendo energia, perseverança e firmeza. OE 256 1 O Salvador amava a solidão das montanhas para aí comungar com Seu Pai. Durante o dia trabalhava ativamente para salvar homens da destruição. Curava o enfermo, confortava o triste, ressuscitava o morto, e levava esperança e ânimo ao abatido. Terminado o trabalho do dia ia noite após noite, para fora da confusão da cidade, e curvava-Se em oração ao Pai. Freqüentemente alongava-Se em Suas súplicas por toda noite; mas voltava desses períodos de comunhão revigorado e refrigerado, escudado para o dever e a provação. OE 256 2 São os ministros de Cristo tentados e cruelmente esbofeteados por Satanás? Assim também o foi Aquele que não conhecia pecado. Na hora da aflição, Ele Se voltava para Seu Pai. Sendo Ele próprio a fonte de bênçãos e força, podia curar os doentes e levantar os mortos; podia dar ordens à tempestade, e ela Lhe obedecia; todavia orava, muitas vezes com grande clamor e lágrimas. Ele orava por Seus discípulos, e por Si mesmo, identificando-Se assim com as criaturas humanas. Era um poderoso suplicante. Como Príncipe da vida, tinha poder com Deus, e prevalecia. OE 256 3 Os ministros que forem verdadeiros representantes de Cristo, serão homens de oração. Com um fervor e fé a que se não pode negar, hão de lutar com Deus para que os fortaleça e fortifique para o serviço, e lhes santifique os lábios com um toque da brasa viva, a fim de que saibam falar Suas palavras ao povo. OE 257 1 A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Os olhos da fé hão de distinguir a Deus bem próximo, e o suplicante poderá obter preciosa prova do Seu divino amor e cuidado por ele. A oração feita por Natanael saiu de um coração sincero e foi ouvida e atendida pelo Mestre. O Senhor lê o coração de todos, e "a oração dos retos é o Seu contentamento". Provérbios 15:8. Ele não será tardio para ouvir os que Lhe abrem o coração, não exaltando o próprio eu, mas sentindo sinceramente sua fraqueza e indignidade. OE 257 2 Há necessidade de oração, sincera, fervorosa e angustiosa oração, como a que fez Davi quando exclamou: "Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por Ti, ó Deus." "Eis que tenho desejado os Teus preceitos; vivifica-me por Tua justiça." "Tenho desejado a Tua salvação." "A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo." Salmos 42:1; 119:40, 174; 84:2. OE 257 3 Os que mais eficazmente ensinam e pregam, são os que humildemente esperam em Deus, e aguardam ansiosamente Sua guia e graça. Vigiar, orar e trabalhar -- eis a divisa do cristão. A vida de um verdadeiro cristão, é de oração constante. Ele sabe que a luz e as forças de hoje, não bastam para as provas e conflitos de amanhã. Satanás está continuamente mudando suas tentações. Cada dia seremos colocados em circunstâncias diversas; e, nas novas cenas que nos esperam, ver-nos-emos rodeados de novos perigos, e constantemente assaltados por novas e inesperadas tentações. É unicamente mediante a resistência e a graça obtidas do Céu que podemos esperar fazer frente às tentações, e cumprir os deveres que se acham diante de nós. OE 258 1 Coisa maravilhosa é podermos orar com eficácia; indignos e faltosos mortais possuírem o poder de apresentar a Deus os seus pedidos! Que mais alto poder pode o homem desejar do que este -- estar ligado ao infinito Deus? O homem fraco e pecador tem o privilégio de falar a seu Criador. Podemos proferir palavras que cheguem ao trono do Monarca do Universo. Podemos falar com Jesus ao caminhar, e Ele diz: Acho-Me à tua mão direita. Salmos 16:8. OE 258 2 Podemos ter comunhão com Deus em nosso coração; andar na companhia de Cristo. Quando empenhados em nossos trabalhos diários, podemos exalar o desejo de nosso coração, de maneira inaudível aos ouvidos humanos; mas essas palavras não amortecerão em silêncio, nem serão perdidas. Coisa alguma pode sufocar o desejo da alma. Ele se ergue acima do burburinho das ruas, acima do barulho das máquinas. É a Deus que estamos falando, e nossa oração é ouvida. OE 258 3 Pedi, portanto; pedi, e recebereis. Pedi humildade, sabedoria, ânimo, maior proporção de fé. A toda oração sincera há de vir a resposta. Talvez não venha exatamente como desejais, ou ao tempo em que a esperais; mas virá pela maneira e na ocasião em que melhor há de satisfazer à vossa necessidade. Às orações que em solidão dirigis, em cansaço, em provação, Deus responde, nem sempre segundo a vossa expectativa, mas sempre para o vosso bem. ------------------------Capítulo 57 -- A fé OE 259 1 As maiores vitórias obtidas em favor da causa de Deus, não são o resultado de elaborados argumentos, amplos recursos, vasta influência, ou abundância de meios; elas são alcançadas na câmara de audiência com Deus, quando, com sincera e angustiosa fé, os homens se apegam ao forte braço do poder. OE 259 2 A verdadeira fé, a oração verdadeira, quão fortes são! São como dois braços por meio dos quais o suplicante humano se apodera do poder do infinito Amor. Fé é confiança em Deus -- acreditar que Ele nos ama e sabe o que é melhor para nós. Assim, em lugar de nossos próprios caminhos, ela nos leva a preferir os Seus. Em vez de nossa ignorância, aceita Sua sabedoria; em lugar de nossa fraqueza, Sua força; em lugar de nossa pecaminosidade, sua justiça. Nossa vida, nós mesmos, pertence-lhe já; a fé reconhece-lhe o direito de propriedade, e aceita as bênçãos do mesmo. A verdade, a retidão, a pureza, são indicadas como segredos do sucesso da vida. É a fé que nos leva à posse delas. Todo bom impulso ou aspiração é dom de Deus; a fé recebe dEle a vida que, unicamente, pode produzir o verdadeiro crescimento e eficiência. OE 259 3 "E esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 João 5:4. É a fé que nos habilita a ver para além do presente, com seus fardos e cuidados, ao grande porvir em que tudo quanto nos traz agora perplexidade, será esclarecido. A fé vê Cristo posto como nosso Mediador, à destra de Deus. A fé contempla as mansões que Cristo foi preparar para aqueles que O amam. A fé vê as vestes e a coroa preparadas para o vencedor, e escuta o cântico dos remidos. OE 260 1 A fé perfeita, a entrega do próprio eu a Deus, a singela confiança em Sua palavra empenhada, deve constituir uma parte da experiência de todo ministro. Apenas quando possui essa experiência, pode um ministro tornar claro o assunto da fé ao duvidoso e falto de confiança. OE 260 2 Fé não é sentimento. "A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." Hebreus 11:1. A verdadeira fé não se acha de maneira alguma aliada à presunção. Somente aquele que tem a verdadeira fé, está seguro contra a presunção, pois esta é a falsa fé de Satanás. OE 260 3 A fé reclama as promessas de Deus, e produz frutos de obediência. A presunção também reclama as promessas, mas delas se serve, como fez Satanás, para desculpar a transgressão. A fé teria levado nossos primeiros pais a confiar no amor de Deus, e a obedecer aos Seus mandamentos. A presunção os induziu a transgredir Sua lei, acreditando que Seu grande amor os haveria de salvar das conseqüências do pecado. Não é fé o que reclama o favor do Céu sem cumprir as condições sob as quais é assegurada a misericórdia. A fé genuína tem seu fundamento nas promessas e medidas das Escrituras. OE 260 4 Falar acidentalmente de religião, orar sem fome de alma e fé viva, de nada aproveita. Uma fé nominal em Cristo, que O aceita apenas como Salvador do mundo, não poderá nunca trazer cura à alma. A fé que é para salvação não é uma simples aquiescência intelectual com a verdade. O que espera por inteiro conhecimento para que possa exercer a fé, não pode receber bênção de Deus. OE 261 1 Não é bastante crer a respeito de Cristo; precisamos crer nEle. A única fé que nos beneficiará, é a que O abraça como um Salvador pessoal; a que aplica a nós mesmos os Seus méritos. Muitos consideram a fé como uma opinião. Mas a fé salvadora é uma transação, mediante a qual, os que recebem Cristo se ligam em concerto com Deus. A fé genuína é vida. Uma fé viva quer dizer aumento de vigor, uma firme confiança, por meio da qual a alma se torna uma potência vitoriosa. Incredulidade e dúvida OE 261 2 A fé toma a Deus em Sua palavra, não buscando compreender a significação das probantes experiências que sobrevêm. Muitos há, porém, que possuem pouca fé. Estão continuamente temendo, e tomando emprestadas aflições. Estão dia a dia cercados de provas de amor de Deus, gozam cada dia as bondades de Sua providência; mas passam por alto essas bênçãos. E as dificuldades que encontram, em lugar de os conduzir para Deus, dEle os separam, porque despertam desassossegos e queixumes. OE 261 3 Fazem eles bem em ser assim incrédulos? Jesus é seu amigo. Todo o Céu se acha empenhado em seu bem-estar, e seu temor e queixas ofendem o Espírito Santo. Não é porque vejamos ou sintamos que Deus nos ouve, que devemos crer. Devemos confiar em Suas promessas. Quando chegamos a Ele com fé, devemos crer que toda petição penetra no coração de Cristo. Quando temos pedido Sua bênção, devemos crer que a receberemos, e agradecer-Lhe porque a temos. Entreguemo-nos então aos nossos deveres, certos de que a bênção virá quando mais dela necessitarmos. Quando houvermos aprendido a fazer assim, saberemos que nossas orações são atendidas. Deus fará por nós "muito mais abundantemente", "segundo as riquezas da Sua glória", e "a operação da força do Seu poder". Efésios 3:20, 16; 1:19. OE 262 1 Muitas vezes a vida cristã é assediada de perigos, e o dever parece difícil de se cumprir. A imaginação pinta uma iminente ruína diante de nós, e atrás, servidão e morte. Todavia a voz de Deus nos diz claramente: Avante! Obedeçamos à ordem, mesmo que nossos olhos não possam penetrar as trevas. Os obstáculos que nos impedem o progresso jamais desaparecerão diante de um espírito vacilante, duvidoso. Aqueles que adiam a obediência para quando desaparecerem as incertezas, e não houver mais riscos de fracasso ou derrota, nunca virão a obedecer. A fé olha para lá das dificuldades, e lança mão do invisível, da própria Onipotência; portanto não pode ser iludida. Ter fé é apoderar-se da mão de Cristo em todas as emergências. OE 262 2 O obreiro de Deus precisa de uma fé robusta. As aparências podem ser adversas; mas na hora mais sombria, a luz fulgura além. As forças daqueles que, com fé, amam e servem a Deus, serão renovadas dia a dia. O entendimento do infinito é posto ao seu serviço, a fim de que, cumprindo Seus desígnios, eles não errem. Conservem esses obreiros o princípio de sua confiança firme até ao fim, lembrando que a luz da verdade de Deus tem de brilhar nas trevas que envolvem o mundo. OE 262 3 Não deve haver desânimo em relação com o serviço de Deus. A fé do obreiro consagrado deve suportar qualquer prova que lhe sobrevenha. Deus é capaz, e está desejoso de outorgar a Seus servos toda a força de que eles necessitam, e a sabedoria que suas várias necessidades exigirem. Ele fará mais do que cumprir a mais alta expectativa dos que nEle põem a confiança. OE 263 1 Jesus não nos chama a segui-Lo, para depois nos abandonar. Se consagrarmos a vida a Seu serviço, nunca seremos colocados numa situação para a qual o Senhor não haja tomado providências. Seja qual for nossa situação, temos um Guia para dirigir o caminho; sejam quais forem as perplexidades, temos um infalível Conselheiro; qualquer que seja a dor, a privação ou a solidão, temos um Amigo que sente conosco. Se, em nossa ignorância, damos passos errados, Cristo não nos deixa. Sua voz, clara e distinta, faz-se ouvir, dizendo: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." João 14:6. "Porque Ele livrará ao necessitado quando clamar, como também ao aflito e ao que não tem quem o ajude." Salmos 72:12. OE 263 2 "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti." Isaías 26:3. O braço da Onipotência está estendido para nos levar avante, e sempre avante. Avançai, diz o Senhor; Eu vos enviarei auxílio. É para glória de Meu nome que pedis; e haveis de receber. Os que estão espreitando a ver vossa derrota, hão de ver ainda Minha palavra triunfar gloriosamente. "Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis." Mateus 21:22. OE 263 3 Deus nunca deixa o mundo sem homens capazes de discernir entre o bem e o mal, a justiça e a injustiça. Ele tem homens designados para se porem à frente da batalha nos tempos de emergência. ------------------------Capítulo 58 -- Ânimo OE 264 1 Os servos de Deus não devem ficar facilmente desanimados por dificuldades ou oposições. Os que proclamam a mensagem do terceiro anjo devem ficar animosamente em seu posto, a despeito de detrações e mentiras, combatendo o bom combate da fé, e resistindo ao inimigo com a arma que Cristo empregou: "Está escrito." Na grande crise por que terão em breve de passar, os servos de Deus terão de enfrentar a mesma dureza de coração, a mesma resolução cruel, o mesmo ódio tenaz enfrentado por Cristo e os apóstolos. OE 264 2 Todos quantos naquele dia mau quiserem servir a Deus segundo os ditames de sua consciência, necessitarão de coragem, firmeza, e conhecimento de Deus e de Sua Palavra; pois os que são fiéis a Deus hão de ser perseguidos, seus motivos impugnados, seus melhores esforços mal-interpretados, e seus nomes rejeitados como um mal. OE 264 3 Satanás há de operar com seu poder enganador, para influenciar o coração e obscurecer o entendimento, a fim de fazer com que o mal pareça bem, e o bem, mal. Quanto mais forte e pura for a fé do povo de Deus, e mais firme sua resolução de obedecer-Lhe, tanto mais cruelmente há de Satanás se esforçar por incitar contra eles a fúria dos que, ao passo que pretendem ser justos, pisam a lei de Deus. Serão precisos a mais firme confiança, o mais heróico propósito para se apegar firmemente à fé uma vez entregue aos santos. OE 264 4 Os mensageiros da cruz se devem armar de vigilância e oração, e avançar com fé e coragem, operando sempre no nome de Jesus. Devem ter confiança em seu Guia; pois tempos tumultuosos se acham diante de nós. Os juízos de Deus se acham espalhados na Terra. As calamidades se seguem umas às outras em rápida sucessão. Em breve Deus Se erguerá de Seu lugar para sacudir terrivelmente a Terra, e punir os ímpios por sua iniqüidade. Então Ele Se levantará em favor de Seu povo, e lhes dará Seu protetor cuidado. Envolvê-los-á nos braços eternos, para os escudar de todo mal. Ânimo do Senhor OE 265 1 Havendo passado o tempo, em 1844, uma porção de irmãos e irmãs se achavam juntos numa reunião. Todos estavam muito tristes, pois a decepção fora dolorosa. Eis que entra um homem, exclamando: "Ânimo no Senhor, irmãos; ânimo no Senhor!" Isso ele repetiu uma e várias vezes, até que todos os rostos se iluminaram, e todas as vozes se ergueram em louvor a Deus. OE 265 2 Hoje eu digo a todo obreiro do Mestre: "Ânimo no Senhor!" Sempre, desde 1844, tenho estado a proclamar a verdade presente, e atualmente essa verdade me é mais cara do que nunca. OE 265 3 Alguns olham sempre ao lado objetável e desanimador, e portanto, deles se apodera o desânimo. Esquecem que o universo celeste espera por torná-los instrumentos de bênção para o mundo; e que o Senhor Jesus é um tesouro inesgotável, do qual as criaturas humanas podem tirar força e coragem. Não há necessidade de desânimo e apreensão. Nunca virá o tempo em que a sombra de Satanás não se atravesse em nosso caminho. Assim procura o inimigo ocultar a luz que irradia do Sol da Justiça. Nossa fé, porém, deve penetrar essa sombra. OE 266 1 Deus pede obreiros animosos, que se recusem a desanimar e abater por instrumentalidades contrárias. O Senhor nos está guiando, e podemos marchar avante corajosamente, seguros de que Ele há de estar conosco, como esteve nos anos passados, quando trabalhávamos em fraqueza, mas sob o poder do Espírito Santo. OE 266 2 Anjos serviram a Cristo, mas a presença dos mesmos não tornou Sua vida fácil e isenta de tentações. Ele "como nós em tudo foi tentado, mas sem pecado". Hebreus 4:15. Se os ministros, enquanto ocupados na obra que o Mestre lhes designou, têm provas, perplexidades e tentações, deveriam desanimar? Deveriam rejeitar sua confiança, porque seus labores nem sempre trazem os resultados que eles tanto desejam ver? Os verdadeiros obreiros não desanimarão em vista da obra que jaz perante eles, por mais árdua que seja. Recuar diante da fadiga, queixar-se sob a tribulação, faz o servo de Deus fraco e ineficiente. OE 266 3 Ao verem os que se acham na frente da batalha, que o fogo de Satanás se dirige especialmente contra eles, compreenderão sua necessidade de forças vindas de Deus, e trabalharão nessas forças. As vitórias que obtêm, não os exaltam, mas fazem-nos firmar-se mais seguramente no Poderoso. Profunda e fervorosa gratidão para com Deus lhes brotará do coração, e terão prazer nas tribulações que lhes sobrevierem sob o ataque do inimigo. Um período de confiança e privilégio OE 267 1 O tempo presente é um período de solene privilégio e sagrada confiança. Se os servos de Deus guardarem fielmente o depósito que lhes é confiado, grande será sua recompensa, quando o Mestre disser: "Dá contas da tua mordomia." Lucas 16:2. A ativa lida, a obra desinteressada, o esforço paciente e perseverante, serão abundantemente galardoados. Jesus dirá: "Já vos não chamarei servos,... mas tenho-vos chamado amigos." João 15:15. A aprovação do Mestre não é dada por causa da grandeza da obra realizada, mas em virtude da fidelidade em tudo quanto foi feito. Não é o resultado que atingimos, mas os motivos por que procedemos, que têm valor para com Deus. Ele preza a bondade e a fidelidade acima de tudo mais. OE 267 2 Suplico aos arautos do evangelho de Cristo que nunca fiquem desanimados, nunca olhem o mais endurecido pecador como estando além do alcance da graça de Deus. Aquele que, aparentemente, é caso perdido, pode aceitar a verdade com amor. Aquele que muda o coração dos homens como se mudam os rios, pode trazer a Cristo a alma mais egoísta e endurecida pelo pecado. É alguma coisa demasiado difícil para Deus? "A palavra que sair da Minha boca", declara Ele, "não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei." Isaías 55:11. OE 267 3 Os que se estão esforçando por estabelecer a obra em novo território, encontrar-se-ão muitas vezes em grande necessidade de melhores instalações. Seu trabalho parecerá ser obstado por falta das mesmas; não percam, entretanto, a fé e o ânimo. Muitas vezes são forçados a ir ao extremo dos recursos de que dispõem. Por vezes talvez pareça como se não pudessem avançar mais. Mas, se oram e trabalham com fé, Deus há de atender-lhes as petições, enviando-lhes meios para o avançamento da obra. Erguer-se-ão dificuldades; eles cogitarão como hão de fazer o que precisa ser feito. Por vezes o futuro parecerá muito sombrio. Apresentem, porém, os obreiros a Deus as promessas que Ele fez, e dêem-Lhe graças pelo que tem feito. Então o caminho se há de abrir diante deles, e serão fortalecidos para o dever do momento. OE 268 1 Poucos consideram o significado das palavras de Lucas, quando diz que Paulo, vendo seus irmãos "deu graças a Deus e tomou ânimo". Atos dos Apóstolos 28:15. No meio do simpatizante e lacrimoso grupo de crentes, os quais não se envergonhavam de suas cadeias, o apóstolo louvou a Deus em voz alta. A nuvem de tristeza que lhe estava sobre o espírito se dissipara. Sua vida cristã tinha sido uma sucessão de sofrimentos, desapontamentos e provações, mas neste momento ele se sentia abundantemente recompensado. Com passos mais firmes e o coração repleto de gozo, ele continuou seu caminho. Não podia queixar-se do passado nem temer o futuro. Cadeias e aflições o esperavam, disto ele sabia; mas sabia também que lhe coubera libertar almas de um cativeiro infinitamente mais terrível, e se rejubilava em seus sofrimentos por amor de Cristo. -- Atos dos Apóstolos, 449. ------------------------Capítulo 59 -- Como Deus educa seus obreiros OE 269 1 Deus disciplina Seus obreiros, a fim de que eles se possam preparar para preencher os lugares que lhes são designados. Deseja habilitá-los para fazer serviço mais aceitável. Há pessoas que desejam ter autoridade, e que necessitam da santificação proveniente da submissão. Deus opera uma mudança em sua vida. Talvez lhes ponha diante deveres que eles por si não haveriam de preferir. Se estiverem dispostos a deixar-se guiar por Ele, dar-lhes-á graça e força para cumprir esses deveres num espírito de submissão e auxílio. Assim se habilitam a ocupar lugares em que suas disciplinadas aptidões serão de grande utilidade. OE 269 2 Alguns, Deus educa mediante decepções e aparentes fracassos. É Seu desígnio que eles aprendam a dominar as dificuldades. Inspira-lhes resolução de tornar cada aparente fracasso um sucesso. Muitas vezes os homens oram e derramam lágrimas por causa das perplexidades e obstáculos que os enfrentam. Mas, se eles mantiverem o princípio de sua confiança firme até ao fim, Deus lhes abrirá o caminho. O êxito virá, ao lutarem contra dificuldades que parecem invencíveis, e, com esse êxito, lhes sobrevirá a maior alegria. OE 269 3 Uma vida monótona não favorece o desenvolvimento espiritual. Alguns só podem atingir a mais alta norma de espiritualidade mediante uma mudança na ordem regular das coisas. Quando, em Sua providência, Deus vê que é essencial que sobrevenham mudanças, para a edificação do caráter, perturba a tranqüila corrente da vida. Ele vê que um obreiro necessita de estar mais intimamente ligado com Ele; e, para efetuar isso, separa-o de amigos e conhecidos. Quando Ele estava preparando Elias para a trasladação, fazia-o mudar de um lugar para outro, a fim de que o profeta não se estabelecesse comodamente, e deixasse assim de adquirir força espiritual. E era o desígnio de Deus que a influência de Elias fosse uma força para ajudar a muitas almas a adquirir uma experiência mais larga e proveitosa. OE 270 1 Muitos há que não se sentem satisfeitos para servir ao Senhor animosamente no lugar que lhes foi designado por Ele, ou fazer sem murmurar a obra que lhes pôs nas mãos. É justo ficar malsatisfeitos com a maneira em que cumprimos o dever, mas não devemos estar descontentes com o dever em si mesmo, por preferirmos fazer outra coisa. Em Sua providência, Deus põe diante das criaturas humanas serviço que será qual remédio para seu espírito doente. Assim Ele busca levá-los a pôr de lado a preferência egoísta que, se satisfeita, os tornaria incapazes para a obra que tem para eles. Se aceitam e realizam esse serviço, sua mente será curada. Se o recusam, serão deixados a lutar consigo mesmos e com outros. OE 270 2 Os que não têm permissão de descansar em sossego, mas têm de estar em contínuas mudanças, armando a tenda hoje num lugar e amanhã noutro, lembrem-se de que o Senhor os está guiando, e que este é Seu modo de os auxiliar em formar um caráter perfeito. Em todas as mudanças que lhes são exigidas, Deus deve ser reconhecido como seu companheiro, guia e proteção. ------------------------Capítulo 60 -- Consagrai tempo a conversar com Deus OE 271 1 Têm-me sido dadas instruções especiais quanto a nossos ministros. Não é a vontade de Deus que eles busquem ser ricos. Não se devem meter em empresas mundanas; pois isso os incapacita para dedicar suas melhores energias às coisas espirituais. Mas devem receber o suficiente para manter-se a si mesmos e a sua família. Não devem ter sobre si tantas responsabilidades que não possam dar a devida atenção à igreja na própria família; pois é seu especial dever educar os próprios filhos para o Senhor. OE 271 2 É grande erro manter um ministro constantemente ocupado em negócios, viajando de um lugar para outro, e ficando até tarde da noite a assistir a reuniões de mesas e comissões. Isso o fatiga e deixa-o sem ânimo. Os ministros devem ter tempo para descansar, para obter da Palavra de Deus o rico alimento do pão da vida. Devem ter tempo para tomar refrigerantes sorvos de consolação da corrente de água viva. OE 271 3 Lembrem-se os ministros e professores de que Deus os reputa responsáveis quanto a ocupar seu cargo da melhor maneira que lhes seja possível, e pôr em sua obra o melhor de suas energias. Não devem tomar deveres que estejam em conflito com a obra que Deus lhes deu. OE 271 4 Quando ministros e professores, premidos pelo peso de responsabilidades financeiras, sobem ao púlpito ou entram na sala de aula com o cérebro fatigado e os nervos sobrecarregados, que se pode esperar senão que se use aquele fogo comum, em lugar do fogo sagrado ateado por Deus? Os tensos e impotentes esforços decepcionam os ouvintes, e prejudicam ao que fala. Ele não teve tempo para buscar ao Senhor, não teve tempo para pedir com fé a unção do Espírito Santo. ... OE 272 1 Recebi instruções para dizer a meus coobreiros: Se quereis ter os ricos tesouros do Céu, precisais manter íntima comunhão com Deus. A menos que o façais, vossa alma será tão destituída do Espírito Santo como os montes de Gilboa do orvalho e da chuva. Quando correis de uma coisa para outra, quando tendes tanto que fazer que não vos é possível dedicar algum tempo a conversar com Deus, como podereis esperar poder em vossa obra? OE 272 2 A razão por que tantos de nossos ministros pregam sermões fracos, sem vida, é deixarem que uma porção de coisas de natureza mundana lhes ocupe o tempo e atenção. A não ser que haja contínuo crescimento na graça, faltar-nos-ão as palavras apropriadas à ocasião. Comungai com o vosso próprio coração, e depois, comungai com Deus. A menos que assim façais, vossos esforços serão infrutíferos, devido à não santificada pressa, e à confusão. OE 272 3 Ministros e professores, que vossa obra recenda a preciosa graça espiritual. Não a torneis comum, misturando-a com coisas profanas. Caminhai para a frente, e para cima. Purificai-vos "de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus". 2 Coríntios 7:1. OE 272 4 Precisamos de nos converter diariamente. Nossas orações devem ser mais fervorosas; serão então mais eficazes. Cada vez mais forte deve ser nossa confiança de que o Espírito de Deus há de estar conosco, tornando-nos puros e santos, tão retos e fragrantes como o cedro do Líbano. -- Testimonies for the Church 7:250-252. ------------------------Capítulo 61 -- Nossa maior necessidade OE 273 1 "Ser-Me-eis testemunhas." Atos dos Apóstolos 1:8. Estas palavras de Jesus não perderam nada de sua força. Nosso Salvador pede fiéis testemunhas nestes dias de formalismo religioso; mas quão poucos mesmo entre os professos embaixadores de Cristo, se acham prontos a dar um fiel testemunho pessoal em favor de seu Mestre! Muitos podem dizer o que têm feito os grandes e bons homens das gerações passadas, o que ousaram, o que sofreram e gozaram. Tornam-se eloqüentes ao salientar o poder do evangelho que habilitou outros a se regozijarem em suas aflições probantes, e a se manterem firmes diante de cruéis tentações. Mas, conquanto tão fervorosos em apresentar outros cristãos como testemunhas de Jesus, eles próprios não parecem possuir uma experiência nova, atual, para relatar. OE 273 2 Ministros de Cristo, que tendes vós a contar quanto a vós mesmos? Que conflito de alma experimentastes vós, que se tornou em bem para vós, para outros, e para a glória de Deus? Vós, que professais estar proclamando a última e solene mensagem de misericórdia ao mundo, qual é vossa experiência no conhecimento da verdade, e quais têm sido seus efeitos sobre o vosso próprio coração? Acaso vosso caráter testifica em favor de Cristo? Podeis vós falar da influência da verdade como é em Jesus, a qual refina, enobrece e santifica? Que tendes vós visto, que tendes vós conhecido, do poder de Cristo? Esta é a espécie de testemunho que o Senhor pede, e por cuja falta as igrejas estão sofrendo. OE 274 1 Sem uma fé viva em Cristo como um Salvador pessoal, é impossível fazer sentir vossa fé a um mundo cético. Se quereis arrebatar pecadores da impetuosa corrente, vossos próprios pés não se devem achar em lugar escorregadio. OE 274 2 Precisamos constantemente de nova revelação de Cristo, uma experiência diária que esteja em harmonia com os Seus ensinos. Altas e santas consecuções se acham ao nosso alcance. Um progresso contínuo em conhecimento e virtude, eis o desígnio de Deus a nosso respeito. Sua lei é o eco de Sua própria voz, a todos fazendo o convite: "Subi mais alto; sede santos, mais santos ainda." Podemos avançar cada dia na perfeição do caráter cristão. OE 274 3 Os que se acham ocupados no serviço do Mestre, necessitam uma experiência muito mais elevada, profunda e vasta do que muitos já pensaram em obter. Muitos dos que já são membros da grande família de Deus, pouco sabem do que significa contemplar Sua glória, e ser transformados de glória em glória. Muitos possuem uma crepuscular percepção da excelência de Cristo, e o coração lhes freme de alegria. Anseiam por uma compreensão mais plena e profunda do amor do Salvador. Nutram eles todo desejo da alma em busca de Deus. OE 274 4 O Espírito Santo opera nos que querem ser trabalhados, molda os que querem ser moldados, talha os que querem ser talhados. Cultivai os pensamentos espirituais e as santas comunhões. (Não tendes visto senão os primeiros raios do alvorecer de Sua glória.) À medida que prosseguirdes em conhecer ao Senhor, sabereis que "a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Provérbios 4:18. ------------------------Capítulo 62 -- O exame de si mesmo OE 275 1 Há muita coisa na conduta dos ministros que eles podem melhorar. Muitos vêem e sentem sua falta, todavia parecem ignorar a influência que exercem. Estão conscientes de suas ações ao praticá-las, mas permitem que se lhes escapem da memória, e assim, não se corrigem. OE 275 2 Tornem os ministros as ações de cada dia assunto de acurada reflexão e deliberado exame, com o fim de conhecerem melhor os próprios hábitos de vida. Mediante a íntima perscrutação de cada circunstância da vida diária, haveriam de conhecer melhor os próprios motivos e os princípios que os regem. Essa revisão diária de nossos atos, a ver onde a consciência aprova ou condena, é necessária a todos quantos desejam atingir a perfeição no caráter cristão. Muitos atos que passam por boas obras, mesmo atos de generosidade, quando intimamente examinados, verificar-se-á haverem sido suscitados por motivos errôneos. OE 275 3 Muitos recebem aplausos por virtudes que não possuem. O Perscrutador dos corações pesa os motivos, e muitas vezes ações altamente louvadas por homens são por Ele registradas como partindo de egoísmo e baixa hipocrisia. Cada ato de nossa vida, seja excelente e digno de louvor ou merecedor de censura, é julgado pelo Perscrutador dos corações segundo os motivos que o determinaram. OE 275 4 Muitos negligenciam contemplar-se no espelho que revela os defeitos do caráter; por isso existem deformidade e pecados, e são aparentes aos outros, se não compreendidos pelos que se acham em falta. O aborrecível pecado do egoísmo existe em alto grau, mesmo em alguns que professam ser devotados à causa de Deus. Se eles comparassem seu caráter com os requisitos dEle, especialmente com a grande norma, a santa lei de Deus, verificariam, sendo investigadores sinceros e honestos, que estão terrivelmente em falta. Mas muitos não estão dispostos a olhar bastante longe e profundo bastante para verem a depravação do próprio coração. Acham-se em falta em muitos, muitos respeitos, e todavia permanecem em voluntária ignorância de sua culpa. OE 276 1 Aquele que compreende bem o próprio caráter, que conhece de perto o pecado que mais facilmente o assalta, e as tentações mais capazes de o vencer, não se deve expor desnecessariamente, e convidar a tentação, colocando-se em terreno inimigo. Se o dever o chama a um lugar onde as circunstâncias não são muito favoráveis, ele terá especial auxílio de Deus, e assim poderá ir plenamente escudado para um combate com o inimigo. OE 276 2 O conhecer-se a si mesmo salvará a muitos de cair em graves tentações, e evitará muitas inglórias derrotas. Para nos conhecermos bem a nós mesmos, é essencial investigarmos fielmente os motivos e princípios de nossa conduta, comparando nossas ações com a norma de dever revelada na Palavra de Deus. ------------------------Capítulo 63 -- O aperfeiçoamento individual OE 277 1 Os ministros idosos e experientes devem sentir que é seu dever, como servos assalariados de Deus, avançar, progredindo dia a dia, tornando-se continuamente mais eficientes em seu trabalho, e arranjando constantemente assuntos novos para apresentar ao povo. Cada esforço para expor o evangelho, deve ser melhor que o precedente. Cada ano cumpre-lhes desenvolver uma piedade mais profunda, um espírito mais compassivo, maior espiritualidade, e um conhecimento mais completo da verdade bíblica. Quanto maior sua idade e experiência, mais próximos devem eles ser capazes de chegar do coração das pessoas, possuindo um mais perfeito conhecimento delas. -- Testimonies for the Church 4:270. OE 277 2 Deus não emprega homens preguiçosos em Sua causa; Ele quer obreiros atenciosos, bondosos, afetivos e diligentes. O esforço ativo fará bem a nossos pregadores. A indolência é prova de perversão. Cada faculdade da mente, cada osso do corpo, cada músculo dos membros, mostra que Deus designou nossas faculdades para serem usadas, e não para permanecerem inativas. ... Homens que, desnecessariamente, empregam as horas do dia para dormir, não têm o senso do valor dos preciosos e áureos momentos. ... OE 277 3 As pessoas que não adquiriram hábitos de estrita operosidade e economia de tempo, devem ter regras estabelecidas para as estimular à regularidade e à presteza. George Washington foi habilitado a realizar grande quantidade de negócios, porque era exato em conservar a ordem e a regularidade. Cada papel tinha sua data e seu lugar, e tempo algum era perdido em procurar o que não estava no lugar designado. OE 278 1 Os homens de Deus precisam ser diligentes no estudo, esforçados na aquisição de conhecimentos, nunca desperdiçando uma hora. Mediante esforços perseverantes, podem atingir quase qualquer grau de eminência como cristãos, como homens de poder e influência. Muitos, porém, nunca alcançarão uma posição superior no púlpito ou nos negócios, devido a sua instabilidade de propósito,... e à frouxidão dos hábitos contraídos na mocidade. ... Em tudo que empreendam, ver-se-á descuidosa desatenção. OE 278 2 Um súbito esforço aqui e ali, não é suficiente para efetuar uma transformação nesses amantes da comodidade e indolência; isso é obra que exige paciente perseverança no fazer o que é correto. Homens de negócios só podem ter êxito real, se tiverem horas regulares para levantar-se, orar, comer e deitar-se. Se a ordem e a regularidade são essenciais nas atividades mundanas, quanto mais na obra de Deus! OE 278 3 As brilhantes horas de manhã são por muitos desperdiçadas na cama. Estas preciosas horas, uma vez perdidas, passam para nunca mais voltar; são perdidas para o tempo e a eternidade. Uma Hora apenas perdida cada dia, e que desperdício de tempo durante um ano! Pense nisso o dorminhoco, e detenha-se a considerar como há de dar a Deus conta das oportunidades perdidas. Aproveitamento dos momentos vagos OE 278 4 Os ministros devem dedicar tempo à leitura, ao estudo, a meditar e orar. Devem enriquecer o espírito com conhecimentos úteis, aprendendo de cor porções das Escrituras, traçando o cumprimento das profecias, e aprendendo as lições que Cristo deu a Seus discípulos. Levai um livro convosco para ler enquanto viajais de ônibus, ou esperais na estação da estrada de ferro. Empregai todo momento vago em fazer alguma coisa. Assim fechar-se-á, a milhares de tentações, uma porta eficaz. ... OE 279 1 Muitos têm fracassado, fracassado de maneira notável, onde poderiam haver tido um sucesso. Não sentiram a responsabilidade da obra; têm levado as coisas tão comodamente, como se tivessem um milênio em que trabalhar pela salvação das almas. ... A causa de Deus não tem tanta necessidade de pregadores, como de obreiros diligentes e perseverantes, para o Mestre. Só Deus pode medir a capacidade da mente humana. Não era Seu desígnio que o homem permanecesse na ignorância, mas que se aproveitasse de todas as vantagens de um intelecto esclarecido e culto. OE 279 2 Todos devem sentir que sobre si repousa a obrigação de atingir as alturas da grandeza intelectual. Conquanto ninguém deva ficar ensoberbecido pelos conhecimentos que haja adquirido, é o privilégio de todos gozar a satisfação de saber que, com cada passo adiante, torna-se mais capazes de honrar e glorificar a Deus. Eles podem haurir de uma fonte inesgotável, a Fonte de toda sabedoria e conhecimento. OE 279 3 Havendo entrado na escola de Cristo, o estudante está preparado a se empenhar na perseguição do saber, sem experimentar a vertigem das alturas que está galgando. Ao prosseguir de verdade em verdade, obtendo uma visão mais clara e luminosa das maravilhosas leis da ciência e da Natureza, enleva-se ante as surpreendentes manifestações do amor de Deus para com o homem. Vê, com olhar inteligente, a perfeição, o conhecimento e a sabedoria de Deus estendendo-se para além, até ao infinito. À medida que sua mente se amplia e expande, puras correntes de luz se lhe projetam na alma. Quanto mais bebe da fonte do conhecimento, tanto mais pura e feliz sua contemplação da infinitude de Deus, e maior seu anseio de sabedoria suficiente para compreender as coisas profundas do Senhor. A necessidade de cultura mental OE 280 1 Cultura mental é o que, como povo, precisamos, e temos de ter para satisfazer as exigências do tempo. Pobreza, origem humilde e ambiente desfavorável não precisam impedir o cultivo da mente. As faculdades mentais têm de ser mantidas sob o controle da vontade, não se permitindo que a mente vagueie ou fique distraída por uma variedade de assuntos ao mesmo tempo, sem se aprofundar em nenhum. OE 280 2 Dificuldades são encontradas em todos os estudos; nunca, porém, pareis por causa de desânimo. Investigai, estudai e orai; enfrentai varonil e vigorosamente cada dificuldade; chamai em socorro o poder da vontade e a graça da paciência, e então cavai mais diligentemente, até que a gema da verdade se mostre a sua frente, límpida e linda, tanto mais preciosa por causa das dificuldades envolvidas em sua busca. OE 280 3 Não fiqueis, então, a demorar-vos sempre nesse único ponto, nele concentrando todas as energias, para ele chamando insistentemente a atenção dos outros, mas tomai outro assunto, examinando-o atentamente. Assim, mistério após mistério se desdobrará a vossa compreensão. Por esse procedimento, duas valiosas vitórias serão ganhas. Não só tereis assegurado úteis conhecimentos, mas o exercício da mente aumentou a força e poder mentais. A chave encontrada para descobrir um mistério, pode trazer a lume outras preciosas gemas de conhecimento ainda velado. OE 281 1 Muitos de nossos ministros só podem apresentar ao povo alguns discursos doutrinários. O mesmo esforço e aplicação que os familiarizou com esses pontos, os habilitaria a adquirir conhecimento de outros. As profecias e outros assuntos doutrinários, devem ser plenamente compreendidos por todos os ministros. Mas alguns que têm estado a pregar durante anos, ficam satisfeitos de se limitar a uns poucos assuntos, sendo demasiadamente indolentes para investigar as Escrituras com diligência e oração, a fim de se tornarem gigantes na compreensão das doutrinas bíblicas, e das lições práticas de Cristo. OE 281 2 A mente de todos deve ser enriquecida com o conhecimento das verdades da Palavra de Deus, a fim de que possam achar-se preparados, em qualquer momento que lhes seja requerido, a apresentar do tesouro coisas novas e velhas. Há espíritos que têm sido prejudicados e tornados raquíticos por falta de zelo e de esforço diligente e árduo. Chegou o tempo em que Deus diz: Avançai, e cultivai as aptidões que vos dei. OE 281 3 No mundo pululam erros e fábulas. Novidades, em forma de dramas sensacionais, estão continuamente surgindo para absorver a mente; e abundam absurdas teorias, as quais destroem o progresso moral e espiritual. A causa de Deus necessita de homens de intelecto, homens que pensem, homens bem versados nas Escrituras, para enfrentar a avolumante onda de oposição. Não devemos sancionar a arrogância, a estreiteza de espírito e as incoerências, embora se deitem sobre elas as vestes de professa piedade. Os que possuem no coração o poder santificador da verdade, hão de exercer uma influência persuasiva. Sabendo que os defensores do erro não podem criar nem destruir a verdade, eles se podem manter calmos e delicados. ... OE 282 1 Muitos há, mesmo entre nossos pregadores, que querem subir no mundo sem esforço. Têm ambição de fazer qualquer grande obra de utilidade, enquanto passam por alto os pequeninos deveres diários que os tornariam úteis, e ministros segundo a ordem de Cristo. Desejam fazer a obra que outros estão fazendo, mas não têm gosto pela disciplina necessária a habilitá-los para ela. Este ansioso desejo, tanto de homens, como de mulheres, por fazer qualquer coisa que se acha muito além de suas aptidões atuais, está fazendo com que eles tenham verdadeiros fracassos no princípio. Recusam-se com indignação a subir a escada, desejando elevar-se por um processo menos laborioso. -- Testimonies for the Church 4:411-417. OE 282 2 Fico surpresa que, com os exemplos que temos diante de nós do que o homem pode ser, e do que lhe é possível realizar, não sejamos estimulados a maiores esforços para imitar as boas obras dos justos. Nem todos poderão ocupar posição de destaque; todavia todos são capazes de preencher cargos de utilidade e confiança e, por sua perseverante fidelidade, fazer muito maior bem do que supõem pode realizar. -- Idem, 399. OE 282 3 O valor de homens e mulheres não deve ser estimado pela classe de trabalho que fazem. É determinado por Aquele que pagou o preço de todas as almas. Em caridade, simplicidade e integridade, todos quantos possuem Cristo formado no interior, a esperança da glória, devem ser coobreiros de Deus. Eles são lavoura de Deus, edifício de Deus. OE 282 4 O coração em que habita o amor de Cristo, manifestará constantemente mais e mais refinamento; pois a fonte da vida é amor para com Deus e o homem. Cristo é cristianismo. É glória a Deus nas alturas, e paz na Terra, boa vontade para os homens. É o cumprimento do desígnio de Deus. OE 283 1 O verdadeiro crescimento cristão tende a subir até à completa estatura de homens e mulheres em Cristo. A verdadeira cultura, o refinamento real de idéias e maneiras, é melhor atingido aprendendo lições na escola de Cristo, do que pelos esforços mais penosos e árduos para observar formas e regras, quando o coração não se acha sob a disciplina do Espírito de Deus. OE 283 2 O seguidor de Cristo deve-se aperfeiçoar constantemente em maneiras, hábitos, espírito e trabalho. Isso se opera conservando o olhar, não somente nas consecuções exteriores e superficiais, mas em Jesus. Opera-se uma transformação na mente, no espírito e no caráter. O cristão é educado na escola de Cristo, para nutrir as graças de Seu Espírito em toda a mansidão e humildade. Está-se habilitando para a sociedade dos anjos celestiais. OE 283 3 O homem cuja mente é iluminada pela Palavra de Deus, há de sentir, mais que qualquer outra pessoa na Terra, que deve ser mais diligente no exame da Bíblia, no estudo das ciências; pois sua esperança e vocação são maiores que qualquer outra. Quanto mais intimamente um homem se achar ligado com a Fonte de todo o conhecimento e sabedoria, tanto mais ele pode ser auxiliado intelectual e espiritualmente. O conhecimento de Deus é a educação essencial; e todo verdadeiro obreiro dedicará seu constante estudo para obtenção desse conhecimento. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 510. ------------------------Capítulo 64 -- O Espírito Santo OE 284 1 "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade", "convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo." João 16:13, 8. OE 284 2 A pregação da palavra não é de nenhuma utilidade sem o auxílio do Espírito Santo; pois esse Espírito é o único mestre eficaz da verdade divina. Unicamente quando a verdade é acompanhada ao coração pelo Espírito Santo, avivará a consciência ou transformará a vida. Um ministro pode ser capaz de apresentar a letra da Palavra de Deus; pode-se achar familiarizado com todos os seus mandamentos e promessas; mas sua sementeira do evangelho não terá êxito a menos que a semente seja despertada para a vida pelo orvalho do Céu. Sem a cooperação do Espírito de Deus, nenhum grau de educação, nenhuma vantagem, por maior que seja, pode tornar uma pessoa um canal de luz. Antes de ser escrito o primeiro livro do Novo Testamento, antes de se haver pregado um sermão após a ascensão de Cristo, o Espírito Santo veio sobre os discípulos em oração. Então, o testemunho dos seus inimigos, foi: "Enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina." Atos dos Apóstolos 5:28. As promessas de Deus sujeitas a condições OE 284 3 Deus prometeu o dom do Espírito Santo a Sua igreja, e a promessa pertence-nos a nós, tanto como aos primeiros discípulos. Mas, como todas as outras promessas, é dada sob condições. Há muitos que professam crer, e reclamam as promessas do Senhor; falam acerca de Cristo e do Espírito Santo; todavia não recebem nenhum benefício, porque não submetem a alma à guia e controle das instrumentalidades divinas. OE 285 1 Nós não podemos servir-nos do Espírito Santo; Ele é que nos há de usar a nós. Mediante o Espírito, Deus opera em Seu povo "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". Filipenses 2:13. Mas muitos não se querem submeter a ser guiados. Querem dirigir-se a si mesmos. Eis porque não recebem o dom celestial. Apenas àqueles que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à Sua guia e graça, é o Espírito concedido. Esta prometida bênção, reclamada pela fé, traz consigo todas as demais bênçãos. Ela é concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está ponto a suprir cada alma, de acordo com sua capacidade de receber. OE 285 2 A comunicação do Espírito é a transmissão da vida de Cristo. Apenas aqueles que são assim ensinados por Deus, os que possuem a operação interior do Espírito, em cuja vida se manifesta a vida de Cristo, podem apresentar-se como verdadeiros representantes do Salvador. O Espírito Santo como educador OE 285 3 Deus toma os homens tais quais são e educa-os para o Seu serviço, se eles se entregarem a Ele. O Espírito de Deus, recebido na alma, aviva todas as suas faculdades. Sob o guia do Espírito Santo, a mente que sem reserva se dedica a Deus, desenvolve-se harmoniosamente, e é fortalecida para compreender e cumprir as reivindicações de Deus. O caráter fraco, vacilante, transforma-se em outro, forte e inabalável. A dedicação contínua, estabelece tão íntimo relacionamento entre Jesus e Seus discípulos, que o cristão assimila o caráter de seu Senhor. Tem visão mais clara, mais ampla. Seu discernimento é mais agudo, seu julgamento mais equilibrado. Tão avivado é ele pelo poder vitalizante do Sol da Justiça, que é habilitado a produzir muito fruto, para glória de Deus. OE 286 1 Cristo prometeu que o Espírito Santo habitaria naqueles que lutam pela vitória sobre o pecado, para demonstrar o poder da força divina, dotando o instrumento humano de poder sobrenatural, e instruindo o ignorante nos mistérios do reino de Deus. De que proveito nos seria que o Filho unigênito de Deus sofresse as tentações do astuto inimigo, e morresse, o Justo pelo culpado, se o Espírito não houvesse sido dado como um agente constante, sempre em operação, e regenerador, para tornar eficaz em cada caso individual, o que fora efetuado pelo Redentor do mundo? OE 286 2 O Espírito Santo habilitou os discípulos a exaltar unicamente ao Senhor, e guiou a pena dos historiadores sagrados, para que o registro das palavras e ações de Cristo pudesse ser transmitido ao mundo. Hoje em dia, esse Espírito está em contínua operação, buscando atrair a atenção dos homens ao grande sacrifício feito na cruz do Calvário, para desvendar ao mundo o amor de Deus pelo homem, e abrir à alma convicta as promessas das Escrituras. OE 286 3 É o Espírito que faz com que resplandeçam nas mentes entenebrecidas os brilhantes raios do Sol da Justiça; que faz com que o coração dos homens arda dentro deles com a despertada compreensão das verdades eternas; isso apresenta ao espírito a grande norma da justiça, e convence do pecado; isso inspira fé nAquele que, unicamente, pode salvar do pecado; isso opera a transformação do caráter, retirando a afeição dos homens das coisas temporais e perecíveis, e fixando-as na herança eterna. O Espírito recreia, refina e santifica os seres humanos, preparando-os para se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. O efeito do recebimento do Espírito OE 287 1 Quando uma pessoa está inteiramente vazia do próprio eu, quando todo falso deus é expulso da alma, o vazio é preenchido com a comunicação do Espírito de Cristo. Essa pessoa possui a fé que purifica a alma de contaminação. Está de conformidade com o Espírito, e pensa nas coisas do Espírito. Não confia em si mesma. Cristo é tudo em todos. Recebe com mansidão a verdade que vai sendo continuamente revelada, e rende a Deus toda a glória, dizendo: "Deus no-las revelou pelo Seu Espírito." "Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus." 1 Coríntios 2:10, 12. OE 287 2 O Espírito que revela, também opera na pessoa os frutos da justiça. Cristo está nela, "uma fonte de água que salte para a vida eterna". João 4:14. É um ramo da Videira Verdadeira, e produz ricos cachos de fruto para a glória de Deus. Qual é o caráter do fruto produzido? -- O fruto do Espírito é "amor", não ódio; "alegria", não descontentamento e queixumes; "paz", não irritação, ansiedade, e engendradas provações. É "longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança". Gálatas 5:22, 23. OE 288 1 Os que possuem esse Espírito são sinceros coobreiros de Deus; os seres celestiais cooperam com eles, e vão cheios do espírito da verdade que levam. Falam palavras de sólido juízo, e do tesouro do coração tiram coisas puras, sagradas, segundo o exemplo de Cristo. OE 288 2 A mensagem que temos de apresentar não é de molde a nos sentirmos acanhados em declará-la. Seus defensores não devem procurar encobri-la, esconder-lhe a origem e o desígnio. Como pessoas que fizeram votos solenes a Deus, e foram comissionadas como mensageiros de Cristo, despenseiros dos mistérios da graça, achamo-nos sob a obrigação de declarar fielmente o inteiro conselho de Deus. OE 288 3 Não devemos tornar menos salientes as verdades especiais que nos separaram do mundo, e nos têm tornado o que somos; pois se acham plenas de interesses eternos. Deus nos concedeu luz relativamente às coisas que estão tendo lugar atualmente, e pela pena e de viva voz, temos de proclamar a mensagem ao mundo. Mas é vida de Cristo na alma, é o ativo princípio do amor comunicado pelo Espírito Santo, unicamente, que tornarão nossas palavras frutíferas. O amor de Cristo é a força e o poder de toda mensagem de Deus saída em qualquer tempo de lábios humanos. Aproximamo-nos do fim OE 288 4 Dia após dia se passa para a eternidade, levando-nos mais próximos do fim do tempo da graça. Devemos, como nunca dantes, orar para o Espírito Santo nos ser mais abundantemente concedido, e devemos esperar que Sua santificadora influência venha sobre os obreiros, a fim de que aqueles por quem trabalham saibam que eles estiveram com Jesus, e dEle aprenderam. OE 289 1 Necessitamos de uma visão espiritual, a fim de ver os desígnios do perigo, e, como atalaias fiéis, proclamar o perigo. Precisamos de poder do alto, para compreender, tanto quanto possível à mente humana, os grandes temas do cristianismo, e seus princípios de longo alcance. OE 289 2 Os que se acham sob a influência do Espírito de Deus, não serão fanáticos, mas calmos e firmes, isentos de extravagância em idéias, palavras e ações. Por entre a confusão de doutrinas enganadoras, o Espírito de Deus será um guia e um escudo aos que não têm resistido às evidências da verdade, silenciando todas as outras vozes além da que vem dAquele que é a verdade. OE 289 3 Estamos vivendo nos últimos dias, quando o erro de caráter mais enganador é aceito e crido, ao passo que a verdade é rejeitada. O Senhor reputará responsáveis tanto os ministros como o povo, pela luz que sobre eles brilha. Ele nos chama a trabalhar diligentemente em ajuntar as jóias da verdade, colocando-as no escrínio do evangelho. Em toda a sua divina beleza devem elas resplandecer nas trevas morais do mundo. Isso não pode ser realizado senão com o auxílio do Espírito Santo, mas com Ele podemos fazer todas as coisas. Quando somos dotados do Espírito Santo, apoderamo-nos, pela fé, do poder infinito. Nada se perde daquilo que vem de Deus. O Salvador do mundo envia Suas mensagens à alma, para que a treva do erro se possa dissipar. A obra do Espírito é imensamente grande. É dessa fonte que sobrevêm poder e eficiência ao obreiro de Deus. ------------------------Capítulo 65 -- Desenvolvimento e serviço OE 290 1 A vida cristã é mais importante do que muitos crêem. Não consiste somente em delicadeza, paciência, doçura e bondade. São essenciais estas graças; mas há também necessidade de coragem, força, energia e perseverança. O caminho que Cristo nos traça é estreito e exige abnegação. Para nele entrar, e passar pelas dificuldades e desânimos, requerem-se homens fortes. OE 290 2 Precisam-se homens de fibra, homens que não estejam à espera de ver seu caminho aplanado e removidos todos os obstáculos; homens que alentem com um zelo novo os desfalecidos esforços dos trabalhadores desanimados, e cujo coração esteja inflamado de amor cristão e cujas mãos sejam fortes para a obra do Senhor. OE 290 3 Alguns dos que se entregam ao serviço missionário são fracos, sem energia, sem entusiasmo e facilmente desanimáveis. Falta-lhes a iniciativa. Não têm aqueles positivos traços de caráter que dão a força para fazer alguma coisa -- o espírito e energia que iluminam o entusiasmo. Aqueles que desejam o sucesso devem ser corajosos e otimistas. Devem cultivar não só as virtudes passivas mas as ativas. Respondendo com doçura, para afastar a cólera, devem possuir a coragem de herói para resistir ao mal. Com a caridade que tudo suporta, carecem de força de caráter para que sua influência exerça um poder positivo. OE 290 4 Algumas pessoas não têm firmeza de caráter. Seus planos e objetivos não têm forma definida, nem consistência. São de muito pouca utilidade prática no mundo. Esta fraqueza, indecisão e ineficácia deve ser vencida. Há no verdadeiro caráter cristão uma indomabilidade que não pode ser adaptada nem submetida por circunstâncias adversas. Devemos ter fibra moral, uma integridade que não ceda à lisonja, nem à corrupção, nem às ameaças. OE 291 1 Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de assegurar uma preparação para sua obra. Espera que lhe submetamos todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à Sua santidade e responsabilidades terríveis. OE 291 2 Muitos dos que são classificados para fazer um trabalho excelente obtêm pouco porque pouco empreendem. Muitos atravessam a vida como se não tivessem nenhum grande objetivo, nenhum ideal a atingir. Uma das razões por que tal sucede é avaliarem-se abaixo de seu valor real. Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que Lhe custamos. OE 291 3 Não vos contenteis em atingir ideal baixo. Não somos o que poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus nos concedeu faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses de Seu reino. ... OE 291 4 Lembrai-vos de que em qualquer posição em que servirdes estais revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for vosso trabalho, fazei-o com exatidão, com diligência; vencei a inclinação de procurar uma ocupação fácil. OE 291 5 O mesmo espírito e princípios que animam o trabalho de cada dia, manifestar-se-ão através de toda a vida. Os que desejam apenas uma quantidade determinada de trabalho e um salário fixo, e que procuram encontrar uma atividade exatamente adaptada às suas aptidões, sem a necessidade de se preocupar em adquirir novos conhecimentos e em aperfeiçoar-se, não são os que Deus chama a trabalhar em Sua causa. Os que procuram dar o menos possível de suas forças físicas, espirituais e morais não são os trabalhadores sobre quem derramará abundantes bênçãos. Seu exemplo é contagioso. O interesse próprio é seu móvel supremo. Os que necessitam ser vigiados e trabalham apenas quando cada dever lhes é especificado não pertencem ao número dos que serão chamados bons e fiéis. Precisam-se obreiros que manifestem energia, integridade, diligência, e que estejam prontos a colaborar no que seja necessário que façam. OE 292 1 Muitos se tornam inúteis fugindo a responsabilidades com receio de insucesso. Deixam assim de adquirir a educação que provém das lições da experiência, e que a leitura ou estudo e quaisquer outras vantagens ganhas não lhes podem dar. OE 292 2 O homem pode moldar as circunstâncias, mas não deve permitir que as circunstâncias o moldem a ele. Devemos aproveitá-las como instrumentos de trabalho; sujeitá-las, mas não deixar que elas nos sujeitem. OE 292 3 Os homens de energia são aqueles que sofreram oposição, escárnio e obstáculos. Pondo suas energias em ação, os obstáculos que encontram constituem para eles positivas bênçãos. Ganham confiança em si mesmos. Os conflitos e perplexidades provocam o exercício da confiança em Deus, e aquela firmeza que desenvolve a força. O motivo no serviço OE 292 4 Cristo não fez um serviço limitado. Não mediu o trabalho por horas. Seu tempo, coração, alma e força foram dados ao trabalho para o bem da humanidade. Os dias, passava-os em trabalho fatigante; longas noites, transcorria-as prostrado em oração, pedindo graça e paciência para poder fazer um trabalho mais amplo. Com fortes gemidos e lágrimas dirigia Suas petições ao Céu, para que fosse fortalecida a Sua natureza humana, a fim de poder estar preparado para lutar contra o inimigo e fortalecido para cumprir a missão de melhorar a humanidade. Cristo disse aos Seus obreiros: "Dei-vos o exemplo, para que como Eu vos fiz, façais vós também." João 13:15. OE 293 1 "O amor de Cristo nos constrange", dizia Paulo. 2 Coríntios 5:14. Tal era a norma que dirigia a sua conduta. Se alguma vez seu ardor no caminho do dever enfraquecia por momentos, um olhar para a cruz lhe fazia cingir de novo os lombos do entendimento e o impelia no caminho da abnegação. Nos trabalhos pelos irmãos, contava com a manifestação de infinito amor do sacrifício de Cristo, com o seu poder de subjugar e convencer os corações. OE 293 2 Quão vibrante e tocante é o apelo: "Já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêsseis." 2 Coríntios 8:9. Sabeis a altura de que Ele desceu, a profundeza de humilhação a que Se sujeitou; Seus pés palmilharam a senda do sacrifício, e não se apartaram dela até que deu Sua vida. Para Ele não houve descanso entre o trono do Céu e a cruz. Seu amor pelo homem levou-O a aceitar todas as indignidades e a suportar todos os abusos. OE 293 3 Paulo admoesta-nos: "Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros." Filipenses 2:2. Pede-nos que possuamos o sentimento "que houve em Cristo Jesus; que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."... OE 294 1 Todo o que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal ansiará pelo privilégio de servir a Deus. Contemplando o que o Céu fez por ele, seu coração enche-se de amor sem limites e de rendida gratidão. Está ansioso por manifestar seu reconhecimento, consagrando suas faculdades ao serviço de Deus. Suspira por mostrar amor a Cristo e aos Seus remidos. Ambiciona trabalhos, dificuldades, sacrifícios. OE 294 2 O verdadeiro obreiro na causa de Deus fará o melhor, pois que assim fazendo pode glorificar seu Mestre. Procederá retamente a fim de respeitar as reivindicações de Deus. Esforçar-se-á por melhorar todas as suas faculdades. Cumprirá cada dever com os olhos em Deus. Seu único desejo será que Cristo possa receber homenagem e perfeito serviço. OE 294 3 Há um quadro representando um boi parado entre uma charrua e um altar, com a seguinte inscrição: "Pronto para um ou para outro", pronto para o trabalho do campo ou para ser oferecido sobre o altar do sacrifício. Tal é a posição do verdadeiro filho de Deus -- pronto para ir aonde o dever o chama, negar a si mesmo, sacrificar-se pela causa do Redentor. -- A Ciência do Bom Viver, 497-502. ------------------------Capítulo 66 -- O perigo de rejeitar a luz OE 297 1 É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, a verdade seja sempre desvendada a Seu povo. Há unicamente um modo em que esse conhecimento pode ser obtido. Só podemos alcançar a compreensão da Palavra de Deus, mediante a iluminação do Espírito por quem foi dada a Palavra. "'Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus." 1 Coríntios 2:11, 10. E a promessa do Salvador a Seus discípulos, foi: "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade. ... Porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar." João 16:13, 14. ... OE 297 2 Pedro exorta os irmãos: "Crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 3:18. Sempre que o povo de Deus estiver crescendo em graça, obterá constantemente compreensão mais clara de Sua Palavra. Há de distinguir mais luz e beleza em suas sagradas verdades. Isto se tem verificado na história da igreja em todos os séculos, e assim continuará até ao fim. Mas à medida que a verdadeira vida espiritual declina, tem sido sempre a tendência cessar o crente de avançar no conhecimento da verdade. Os homens ficam satisfeitos com a luz já recebida da Palavra de Deus, e desistem de qualquer posterior investigação das Escrituras. Tornam-se conservadores, e procuram evitar novo exame. OE 298 1 O fato de não haver controvérsias ou agitações entre o povo de Deus, não deveria ser olhado como prova concludente de que eles estão mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão para temer que não estejam discernindo claramente entre a verdade e o erro. Quando não surgem novas questões em resultado de investigação das Escrituras, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem os homens a examinar a Bíblia por si mesmos, para se certificarem de que possuem a verdade, haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê. OE 298 2 Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente, não sabem o que crêem. Não compreendem as provas de sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Quando chegar o tempo de angústia, e ao examinarem a posição em que se encontram, homens que agora pregam a outros, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância. OE 298 3 E há muitos na igreja que contam por certo que compreendem aquilo em que crêem, mas que até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas idéias do que têm aceito como verdade. É certo que tem havido entre nós um afastamento do Deus vivo, e um voltar-se para os homens, pondo a sabedoria humana em lugar da divina. OE 299 1 Deus despertará Seu povo; se outros meios falharem, introduzir-se-ão entre eles heresias, as quais os hão de peneirar, separando a palha do trigo. O Senhor chama todos os que crêem em Sua Palavra, para que despertem do sono. Tem vindo uma preciosa luz, apropriada aos nossos dias. É a verdade bíblica, mostrando os perigos que se acham mesmo impendentes sobre nós. Essa luz nos deve levar ao estudo diligente das Escrituras, e a um mais atento exame crítico das posições que mantemos. OE 299 2 É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da verdade, sejam acurada e perseverantemente investigados, com oração e jejum. Os crentes não devem ficar em suposições e mal definidas idéias do que constitui a verdade. Sua fé deve estar firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus, de maneira que, quando o tempo de prova chegar, e eles forem levados perante os concílios para responder por sua fé, sejam capazes de, com mansidão e temor, dar a razão para a esperança que neles há. OE 299 3 Agitai, agitai, agitai! Os assuntos que apresentamos ao mundo devem ser para nós uma realidade viva. É importante que, ao defender as doutrinas que consideramos artigos fundamentais da fé, nunca nos permitamos o emprego de argumentos que não sejam inteiramente retos. Eles podem fazer calar um adversário, mas não honram a verdade. Devemos apresentar argumentos legítimos, que, não somente façam silenciar os oponentes, mas que suportem a mais acurada e perscrutadora investigação. OE 299 4 Quanto aos que se preparam para debates, há grande perigo de que não lidem, com lisura em relação à Palavra de Deus. Ao enfrentar um adversário, deve ser nosso mais sincero esforço apresentar os assuntos de maneira tal, que despertemos a convicção em seu espírito, em de vez de procurar meramente inspirar confiança ao crente. OE 300 1 Seja qual for o grande adiantamento intelectual do homem, não pense ele, nem por um momento, que não há necessidade de inteira e contínua indagação das Escrituras em busca de maior luz. Como um povo, somos convidados individualmente ao estudo da profecia. Devemos observar atentamente, a fim de distinguir qualquer raio de luz que Deus nos apresente. Devemos apanhar os primeiros clarões da verdade; e, mediante estudo secundado de oração, poder-se-á obter mais intensa luz, a qual poderá ser apresentada aos outros. OE 300 2 Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui, podemos estar certos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que marchem sempre avante, recebendo a avultada e sempre crescente luz que para eles brilha. A atitude atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzido uma confiança que os tem levado a não sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior luz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direita e à esquerda, em nossa frente e por trás de nós; e todavia, como um povo, estamos dormindo. Deus deseja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para a ação. -- Testemunhos Seletos 2:308-312. A prova de Nova Luz OE 300 3 Nossos irmãos devem estar prontos a investigar, com sinceridade, todo ponto controvertido. Se um irmão está ensinando um erro, os que se acham em posição de responsabilidade devem sabê-lo; e se está ensinando a verdade, devem colocar-se ao lado dele. Todos devemos saber o que se está ensinando entre nós; pois se é verdade, precisamos dela. Todos nos achamos em obrigação para com Deus, quanto a conhecer o que Ele nos envia. Ele nos deu orientações por onde provar toda doutrina -- "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação". Isaías 8:20 (TT). Se a luz apresentada concorda com este texto, não nos compete rejeitá-la pelo fato de não concordar com nossas idéias. OE 301 1 Ninguém disse que havemos de encontrar perfeição nas investigações de qualquer homem; isso, porém, eu sei, que nossas igrejas estão perecendo por falta de ensino sobre o assunto da justiça pela fé em Cristo, e verdades semelhantes. OE 301 2 Não importa por meio de quem seja a luz enviada, devemos abrir o coração para recebê-la com a mansidão de Cristo. Mas muitos não fazem isso. Quando se apresenta um assunto controvertido, despejam pergunta em cima de pergunta, sem admitir um ponto bem fundamentado. Oh! Possamos nós agir como homens que querem luz! Dê-nos Deus Seu Espírito Santo dia a dia, e faça resplandecer sobre nós a luz de Seu rosto, para que sejamos alunos na escola de Cristo. OE 301 3 Quando é apresentada uma doutrina que nos não satisfaz o espírito, devemos dirigir-nos à Palavra de Deus, buscar o Senhor em oração, e não dar lugar ao inimigo para vir com suspeitas e preconceitos. Nunca devemos permitir que se manifeste o espírito que indispôs os sacerdotes e principais contra o Redentor do mundo. Eles se queixavam de que Ele perturbava o povo, e desejavam que os deixasse em paz, pois causava perplexidade e dissensões. Deus nos envia luz para ver de que espírito somos. Não nos devemos iludir a nós mesmos. OE 302 1 Em 1844, quando se apresentava à nossa atenção qualquer coisa que não compreendíamos, ajoelhávamo-nos e pedíamos a Deus que nos ajudasse a assumir a devida atitude: e depois éramos habilitados a chegar à justa compreensão, e a ter todos a mesma opinião. Não houve dissensão, nem inimizade, nem ruins suspeitas, nem mau juízo contra os irmãos. Se tão-somente soubéssemos o mal do espírito de intolerância, quão cuidadosamente dele haveríamos de fugir! OE 302 2 Temos de estar firmados na fé segundo a luz da verdade que nos foi dada em nossa primeira experiência. Naquele tempo, erro após erro procurava forçar entrada entre nós; ministros e doutores introduziam novas doutrinas. Nós investigávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras, a pedir fervorosamente a Deus Sua guia. Juntavam-se para esse fim grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro. OE 302 3 Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo. Eu era arrebatada em visão, e eram-me feitas explanações. Foram-me dadas ilustrações de coisas celestiais, e do santuário, de modo que fomos colocados em posição onde a luz sobre nós resplandecia em raios claros e distintos. OE 303 1 Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade, tal como a temos mantido por tantos anos. O inimigo é que desvia os espíritos para atalhos ao lado. Ele folga quando os que conhecem a verdade se absorvem em coligir textos escriturísticos para amontoar em torno de teorias errôneas, sem fundamento na verdade. As passagens bíblicas assim usadas, são mal-aplicadas; não foram dadas para corroborar o erro, mas para robustecer a verdade. OE 303 2 Precisamos aprender que os outros têm os mesmos direitos que nós. Quando um irmão recebe nova luz sobre as Escrituras, deve expor francamente sua atitude, e todo ministro deve pesquisar nas Escrituras com espírito sincero, para ver se os pontos apresentados podem ser corroborados pela Palavra Inspirada. "Ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dá arrependimento para conhecerem a verdade." 2 Timóteo 2:24, 25. OE 303 3 Toda alma precisa olhar para Deus em contrição e humildade, para que Ele guie, dirija e abençoe. Não devemos confiar aos outros a investigação das Escrituras para nós. Alguns de nossos irmãos dirigentes têm-se freqüentemente colocado em posição errônea; e se Deus mandasse uma mensagem e esperasse por esses irmãos mais idosos para abrir caminho ao progresso da mesma, ela nunca chegaria ao povo. Esses irmãos hão de achar-se nessa atitude até que se tornem participantes da natureza divina em grau maior do que nunca. OE 304 1 Há tristeza no Céu por motivo da cegueira espiritual de muitos de nossos irmãos. Nossos ministros mais jovens, que ocupam posições de menos importância, têm de fazer decididos esforços para chegar à luz, penetrar mais e mais profundamente na mina da verdade. OE 304 2 A repreensão do Senhor estará sobre os que impeçam o caminho, para que não chegue ao povo mais clara luz. Uma grande obra tem de ser feita, e Deus vê que nossos dirigentes necessitam de maior luz, a fim de se unirem aos mensageiros que Ele envia para realizarem a obra que Ele intenta que se faça. O Senhor tem suscitado os mensageiros, e dotado-os de Seu Espírito, e tem dito: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. Ninguém corra o risco de interpor-se entre o povo e a mensagem do Céu. Essa mensagem há de chegar ao povo; e se não houvesse nenhuma voz entre os homens para a anunciar, as próprias pedras clamariam. OE 304 3 Eu suplico a todo ministro que busque o Senhor, ponha de lado o orgulho e a luta pela supremacia, e humilhe o coração diante de Deus. A frieza de coração, a incredulidade dos que deveriam ter fé é que mantêm fracas as igrejas. ------------------------Capítulo 67 -- Uma advertência contra falsos ensinos OE 305 1 Necessitamos, em nossos dias, na casa de Deus, de homens de mente espiritual, firmes nos princípios, e que possuam compreensão clara da verdade. Tenho sido instruída de que não são doutrinas novas e fantasiosas, nem suposições humanas o de que o povo necessita, mas do testemunho de homens que conhecem e praticam a verdade, homens que entendem a ordem dada a Timóteo e a ela obedeçam: "Conjuro-te... que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:2. OE 305 2 Meus irmãos, andai firmemente, decididamente, tendo os pés calçados na preparação do evangelho da paz. Podeis estar certos de que a religião pura e incontaminada, não é uma religião sensacional. Deus não colocou sobre ninguém a responsabilidade de estimular o apetite por doutrinas e teorias especulativas. Conservai essas coisas fora de vossos ensinos. Não permitais que se introduzam em vossa experiência. Não deixeis que a obra de vossa vida seja por elas manchada. OE 305 3 Encontra-se uma advertência contra falsos ensinos na carta de Paulo aos colossenses. O apóstolo declara que o coração dos crentes deve estar "unido em caridade, e enriquecido da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus -- Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". OE 305 4 "E digo isto", continua ele, "para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. ... Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e sobreedificados nEle, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças. Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs subtilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nEle, que é a cabeça de todo o principado e potestade." Colossences 2:2-10. OE 306 1 Fui instruída a dizer a nosso povo: Sigamos a Cristo. Não esqueçais que Ele tem de ser nosso modelo em tudo. Podemos com segurança rejeitar as idéias que não se encontram em Seus ensinos. Apelo para nossos ministros para que se certifiquem de que seus pés se acham colocados sobre a plataforma da verdade eterna. Acautelai-vos quanto a seguir vosso impulso, chamando-o de Espírito Santo. Alguns se acham em perigo de o fazer. A Palavra de Deus nos convida a ser sãos na fé, capazes de dar a todos os que perguntarem, uma razão da esperança que há em nós. Desviar o espírito do dever presente OE 306 2 O inimigo está procurando desviar o espírito de nossos irmãos e irmãs da obra de preparar um povo para subsistir nestes últimos dias. Seus sofismas destinam-se a afastar a mente dos perigos e deveres do momento. Eles consideram coisa de pouco valor a luz que Cristo trouxe do Céu a fim de dar a João para Seu povo. Ensinam que as cenas que se acham mesmo adiante de nós, não são suficientemente importantes para merecer especial atenção. Tornam de nenhum efeito a verdade de origem divina, e roubam o povo de Deus de sua passada experiência, dando-lhe em lugar disso, uma falsa ciência. "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele." Jeremias 6:16. OE 307 1 Que ninguém busque derribar os fundamentos de nossa fé -- os fundamentos que, mediante estudo da Palavra feito com oração, e por meio da revelação, foram postos no princípio de nossa obra. Sobre esses fundamentos temos estado a construir por mais de cinqüenta anos. Podem homens supor que têm encontrado um caminho novo, que podem pôr um fundamento mais sólido do que o que foi posto; mas isso é grande engano. "Ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto." 1 Coríntios 3:11. No passado, muitos empreenderam erguer uma nova fé, estabelecer novos princípios; mas por quanto tempo permaneceu o edifício deles? Dentro em pouco ruiu; pois não se achava fundado sobre a Rocha. OE 307 2 Não tiveram os primeiros discípulos que enfrentar os ditos dos homens? não tiveram que ouvir falsas teorias, e depois, havendo feito tudo, ficar firmes, dizendo: "Ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto"? Assim devemos nós manter o princípio de nossa confiança firme até ao fim. OE 307 3 Palavras poderosas têm sido enviadas por Deus e por Cristo a este povo, tirando-o fora do mundo, passo a passo, para a luz clara da presente verdade. Com os lábios tocados pelo fogo sagrado, os servos de Deus têm proclamado a mensagem. A palavra divina tem posto seu selo na autenticidade da verdade proclamada. Uma renovação do reto testemunho OE 307 4 O Senhor pede uma renovação do reto testemunho dado em anos passados. Pede uma renovação da vida espiritual. As energias espirituais de Seu povo têm estado por muito tempo entorpecidas, mas deve haver uma ressurreição da morte aparente. Mediante oração e confissão de pecado, devemos abrir o caminho do Rei. Ao fazermos isso, o poder do Espírito nos sobrevirá. Necessitamos da energia pentecostal. Esta virá; pois o Senhor tem prometido enviar Seu Espírito como o poder que tudo vence. OE 308 1 Acham-se diante de nós tempos perigosos. Todos quantos têm conhecimento da verdade devem despertar, e colocar-se de corpo, espírito e alma sob a disciplina de Deus. O inimigo está em nosso encalço. Precisamos estar totalmente alerta, apercebidos contra ele. É mister que nos revistamos de toda a armadura de Deus. Devemos seguir as orientações dadas por meio do Espírito de Profecia. Precisamos amar e obedecer à verdade para este tempo. Isso nos guardará de aceitar poderosos enganos. Deus nos tem falado mediante Sua Palavra. Tem-nos falado por meio dos testemunhos para a igreja, e dos livros que têm auxiliado a tornar claro nosso dever presente e a posição que devemos agora ocupar. As advertências que têm sido dadas, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, devem ser atendidas. Se o não fazemos, que desculpa podemos apresentar? OE 308 2 Conjuro a todos quanto estão trabalhando para Deus, a não aceitarem o falso pelo verdadeiro. Não permitais que o raciocínio humano seja colocado onde se deve achar a verdade santificadora. Cristo espera atear fé e amor no coração de Seu povo. Que errôneas teorias não tenham acolhida entre o povo que deve estar firme sobre a plataforma da verdade eterna. Deus nos pede que nos mantenhamos firmes aos princípios fundamentais que se baseiam em indiscutível autoridade. A palavra de Deus é nossa salvaguarda OE 309 1 Nossa divisa tem de ser: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20 (TT). Temos uma Bíblia cheia da mais preciosa verdade. Ela contém o alfa e o ômega do conhecimento. A Escritura, dada por inspiração de Deus, é "proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". 2 Timóteo 3:16, 17. Tomai a Bíblia como vosso livro de estudo. Todos podem compreender suas instruções. OE 309 2 Cristo roga a Seu povo que creia e ponha em prática Sua Palavra. Os que recebem e assimilam esta Palavra, introduzindo-a em cada ação que praticam, em cada atributo de caráter, tornar-se-ão fortes no poder de Deus. Ver-se-á que a sua fé é de origem celeste. Não vaguearão por veredas estranhas. Sua mente não se encaminhará para uma religião de sentimentalismo e excitação. Eles subsistirão diante dos anjos e dos homens como possuidores de caráter cristão coerente. OE 309 3 No áureo turíbulo da verdade, como se apresenta nos ensinos de Cristo, temos aquilo que há de convencer e converter almas. Proclamai, na simplicidade de Cristo, as verdades que Ele veio a este mundo para anunciar, e o poder de vossa mensagem se fará sentir por si mesmo. Não defendais teorias ou provas que Cristo nunca mencionou, e que não têm fundamento na Bíblia. Possuímos grandes e solenes verdades para o povo. "Está escrito", eis a prova que precisa penetrar toda alma. OE 310 1 Dirijamo-nos à Palavra de Deus em busca de guia. Procuremos um "Assim diz o Senhor". Temos tido bastante de métodos humanos. A mente educada apenas na ciência mundana, deixará de compreender as coisas de Deus; mas a mesma mente, convertida e santificada, verá o poder divino na Palavra. Unicamente a mente e o coração purificados pela santificação do Espírito podem discernir as coisas celestiais. OE 310 2 Irmãos, em nome do Senhor eu vos rogo que desperteis para vosso dever. Submetei vosso coração ao poder do Espírito Santo, e ele tornar-se-á suscetível aos ensinos da Palavra. Então sereis aptos a discernir as coisas profundas de Deus. OE 310 3 Possa o Senhor levar o Seu povo a sentir a profunda operação de Seu Espírito! Que Ele os desperte para verem o perigo e prepararem-se para o que está a sobrevir à Terra! OE 310 4 Não devemos, nem por um momento, pensar que não haja mais luz, mais verdade, para nos ser transmitida. Achamo-nos em perigo de tornar-nos negligentes, por nossa indiferença, perdendo o poder santificador da verdade, e tranqüilizando-nos com o pensamento: "Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta." Apocalipse 3:17. Conquanto nos devamos manter firmes às verdades que já recebemos, não devemos olhar com suspeita qualquer nova luz que Deus envie. ------------------------Capítulo 68 -- A sã doutrina OE 311 1 "Virá tempo", escreveu Paulo a Timóteo, "em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." 2 Timóteo 4:3-5. OE 311 2 "A sã doutrina" é a verdade bíblica -- verdade que promoverá piedade e devoção, confirmando o povo de Deus na fé. Sã doutrina significa muito para o que a recebe; e quer dizer muito, também, para o mestre, o ministro da justiça; pois onde quer que o evangelho seja pregado, todo obreiro, seja qual for seu ramo de serviço, ou é fiel, ou infiel à sua responsabilidade como mensageiro do Senhor. OE 311 3 Paulo escreveu outra vez: "Palavra fiel é esta: que, se morrermos com Ele, também com Ele viveremos; se sofrermos, também com Ele reinaremos; se O negarmos, também Ele nos negará; se formos infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-Se a Si mesmo. Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes." 2 Timóteo 2:11-14. OE 311 4 Alguns que, nos tempos de Paulo, ouviam a verdade, levantavam questões que não eram de importância vital, apresentando as idéias e opiniões dos homens, e buscando desviar a mente do mestre das grandes verdades do evangelho, para discussões de doutrinas não essenciais, e solução de disputas sem importância. Paulo sabia que o obreiro de Deus deve ser bastante sábio para descobrir o desígnio do inimigo, e recusar-se a ser desviado. A conversão de almas deve ser a preocupação de seu trabalho; deve pregar a Palavra de Deus, mas evitar disputas. OE 312 1 "Procura apresentar-te a Deus aprovado", escreveu ele, "como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade." 2 Timóteo 2:15, 16. OE 312 2 Os ministros de Cristo hoje em dia acham-se no mesmo perigo. Satanás está operando continuamente para desviar-lhes a mente para direções errôneas, de maneira que a verdade perca sua força sobre o coração. E a menos que os ministros e o povo observem a verdade e sejam santificados por ela, permitirão que questões que não têm importância vital lhes ocupem a mente. Isso levará a sofismas e disputas; pois inúmeros pontos de discórdia se hão de erguer. OE 312 3 Homens de capacidade têm dedicado uma existência de estudo e oração à investigação das Escrituras, e todavia há muitas porções da Bíblia que não têm sido plenamente exploradas. Algumas passagens da Escritura nunca serão perfeitamente compreendidas até que, na vida futura, Cristo as explique. Há mistérios a serem esclarecidos, declarações que a mente humana não pode harmonizar. E o inimigo buscará levantar argumentos sobre esses pontos, que seria melhor não serem discutidos. OE 312 4 Um obreiro devoto, espiritual, evitará suscitar pequenas diferenças de teorias, e devotará suas energias à proclamação das grandes verdades probantes a serem dadas ao mundo. Ele indicará ao povo a obra da redenção, os mandamentos de Deus, a próxima vinda de Cristo; e verificar-se-á que nesses assuntos há suficiente matéria para reflexão. OE 313 1 Em tempos passados foram-me apresentadas, para meu juízo, muitas teorias não essenciais, fantasiosas. Alguns defendem a teoria de que os crentes devam orar com os olhos abertos. Outros ensinam que, como se exigia dos que ministravam outrora no ofício sagrado que, ao entrar no santuário, tirassem as sandálias e lavassem os pés, os crentes hoje devam tirar os sapatos ao entrar na casa de culto. Ainda outros se referem ao sexto mandamento, e declaram que mesmo os insetos que atormentam as criaturas humanas não devem ser mortos. E alguns expuseram a teoria de que os remidos não hão de ter cabelos grisalhos -- como se isso fosse assunto de alguma importância. OE 313 2 Estou instruída a dizer que essas teorias são o produto de espíritos ignorantes dos primeiros princípios do evangelho. Mediante as mesmas, esforça-se o inimigo por eclipsar as grandes verdades para este tempo. OE 313 3 Aqueles que, em suas pregações, passam por alto as grandes verdades da Palavra de Deus, para falar de assuntos de pouca monta, não estão pregando o evangelho, mas tratando de ociosos sofismas. Não percam nossos ministros tempo em discutir tais assuntos. Os que tiverem qualquer pergunta quanto ao que devem ensinar, quanto aos pontos em que devem insistir, volvam-se aos discursos do grande Mestre, e sigam-Lhe a direção do pensamento. Os assuntos que Jesus considerava como essenciais, são aqueles que devemos salientar hoje em dia. Devemos incitar nossos ouvintes a considerar detidamente os assuntos de importância eterna. OE 314 1 Quando uma vez certo irmão se chegou a mim com a mensagem de que o mundo era chato, fui instruída a apresentar a comissão que Cristo deu aos discípulos: "Ide, ensinai todas as nações, ... e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:19, 20. Quanto a assuntos assim como a teoria de o mundo ser chato, Deus diz a toda alma: "Que te importa a ti? segue-Me Tu. Tenho-vos dado vossa comissão. Insisti sobre as grandes verdades probantes para este tempo, não sobre assuntos que não têm relação com nossa obra." OE 314 2 Os obreiros de Deus não devem gastar tempo especulando quanto às condições que hão de reinar na Nova Terra. É presunção ocupar-se com suposições e teorias relativamente a assuntos que o Senhor não revelou. Ele tem tomado todas as providências para nossa felicidade na vida futura, e não nos compete especular quanto a Seus planos a nosso respeito. Nem devemos calcular as condições da vida futura pelas desta vida. OE 314 3 A meus irmãos do ministério, quero dizer: Pregai a Palavra. Não tragais para o fundamento madeira, feno ou palha -- vossas próprias suposições e especulações, que não podem beneficiar a ninguém. Assuntos de importância vital são revelados na Palavra de Deus, e esses são merecedores de nossa mais profunda meditação. Mas não devemos investigar assuntos sobre os quais Deus silenciou. OE 314 4 Quando se erguem questões sobre as quais nos achamos incertos, perguntemos: Que diz a Escritura? E, se ela guarda silêncio quanto a tal assunto não se torne ele objeto de discussão. Que os que desejam novidade a busquem naquela novidade de vida que provém do novo nascimento. Purifiquem eles a alma pela obediência da verdade, e procedam em harmonia com as instruções que Cristo deu. OE 315 1 A única pergunta feita no juízo, será: "Foram eles obedientes aos Meus Mandamentos?" Disputas e contendas insignificantes sobre questões sem importância, não têm parte no grande plano de Deus. Os que ensinam a verdade devem ser homens de espírito firme, que não levarão seus ouvintes a um campo de cardos, por assim dizer, deixando-os aí. OE 315 2 O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado, é a grande verdade em torno da qual se agrupam as outras. A fim de ser devidamente compreendida e apreciada, toda verdade da Palavra de Deus, de Gênesis a Apocalipse, precisa ser estudada à luz que dimana da cruz do Calvário. Apresento perante vós o grande, magno monumento de misericórdia e regeneração, salvação e redenção -- o Filho de Deus erguido na cruz. Isto tem de ser o fundamento de todo discurso feito por nossos ministros. OE 315 3 Necessitam-se em nossos dias, homens capazes de compreender as necessidades do povo, e a elas ministrar. O fiel ministro de Cristo vigia em todos os postos avançados, para advertir, reprovar, aconselhar, suplicar e animar seus semelhantes, cooperando com o Espírito de Deus, que nele opera poderosamente, a fim de que possa apresentar todo homem perfeito em Cristo. Um homem assim é reconhecido no Céu como ministro, trilhando as pegadas de seu grande Exemplo. -- Testimonies for the Church 4:416. ------------------------Capítulo 69 -- Fanatismo OE 316 1 À medida que o fim se aproxima, o inimigo há de trabalhar com todas as suas forças para introduzir entre nós o fanatismo. Ele se regozijaria em ver adventistas do sétimo dia indo a tais extremos que fossem considerados pelo mundo como um bando de fanáticos. Contra esse perigo é-me ordenado advertir ministros e membros leigos. Nossa obra é ensinar homens e mulheres a edificar sobre uma base verdadeira, a firmar os pés num claro "Assim diz o Senhor". OE 316 2 Em 1844 tivemos de enfrentar fanatismo por todos os lados, mas sempre veio a mim a palavra: "Uma grande onda de excitação é um dano para a obra. Conservai os pés nas pegadas de Cristo." Sob grande excitação, faz-se uma estranha obra. Há pessoas que aproveitam a oportunidade para introduzir estranhas e fantasiosas doutrinas. Assim se fecha a porta à proclamação da sã doutrina. OE 316 3 Os que fazem a obra do Senhor nas cidades, precisam cerrar e aferrolhar as portas contra excitação e fanatismo. Os ministros não devem publicar notícias de reuniões numa fraseologia que produza alarme. Quando o Senhor estiver pronto para maior acusação das cidades ímpias, Ele o fará saber a Seu povo. Mas isso será depois de essas cidades terem tido oportunidade de ouvir e receber a palavra que é para a vida eterna. OE 316 4 Nossa obra agora é esclarecer os espíritos quanto às verdades escriturísticas. Portas se acham abertas para a entrada da verdade, e devemos aproveitar-nos de toda oportunidade para entrarmos em contato com as almas. Devemos expor a verdade, como Cristo fez, por muitos modos, mediante ilustrações e parábolas; mas devemos mostrar-nos contrários a qualquer coisa de natureza fanática. OE 317 1 O povo deve ser ensinado a investigar a Palavra de Deus por si mesmo. Os pastores e mestres precisam indicar-lhes a poderosa fortaleza para a qual os justos podem correr e estar a salvo. Os que estão lidando com as grandes, sublimes verdades da Palavra, precisam mostrar sempre um espírito profundo, sincero, fervoroso, mas calmo e cheio de bom senso, para que se cale a boca dos adversários. OE 317 2 Os que são atentos estudantes da Palavra, seguindo a Cristo com humildade de alma, não irão a extremos. O Salvador nunca foi a extremos, nunca perdeu o domínio de Si mesmo, nunca violou as leis do bom gosto. Sabia quando convinha falar, e quando guardar silêncio. Estava sempre na posse de Si mesmo. Nunca errou no ajuizar os homens ou a verdade. Nunca foi enganado pelas aparências. Nunca levantou uma pergunta que não fosse perfeitamente apropriada, nunca deu uma resposta que não fosse bem apropriada ao caso. Fez calar os cavilosos sacerdotes, penetrando para além da superfície, e atingindo o coração, fazendo a luz no espírito e despertando a consciência. OE 317 3 Os que seguem o exemplo de Cristo não serão extremistas. Cultivarão a calma e a posse de si mesmos. A paz que se manifestava na vida de Cristo se patenteará na deles. ------------------------Capítulo 70 -- A confiança em si mesmo OE 318 1 Os moços que têm tido apenas alguns anos de imperfeita experiência na causa da verdade presente... devem manifestar certa delicadeza em tomar posições contrárias aos juízos e opiniões daqueles cuja vida tem sido entretecida com a causa de Deus, e que têm tido parte ativa nesta obra por muitos anos. Deus não escolhe para dirigir em Sua sagrada e importante obra, homens de imaturo discernimento e grande confiança em si mesmos. Os que não passaram pelos sofrimentos, provas, oposição e privações que foram suportados para trazer a obra a sua atual condição de prosperidade, devem cultivar modéstia e humildade. Cumpre-lhes cuidar de não se exaltarem, para que não sejam vencidos. Eles serão responsáveis pela clara luz da verdade que sobre eles brilha. OE 318 2 Vi que Deus Se desagrada da disposição de algumas pessoas para murmurar contra aqueles que combateram os mais renhidos combates por eles, e que suportaram tanto no começo da mensagem, quando a obra era árdua. Deus considera os obreiros experientes -- que mourejaram sob o peso de opressivas responsabilidades, quando não havia senão poucos para ajudar a fazer face às mesmas; e Ele tem um zeloso cuidado por aqueles que se têm demonstrado fiéis. Desagradam-Lhe os que estão prontos a criticar e a reprovar os servos de Deus que encaneceram na edificação da causa da verdade presente. Vossas censuras e murmurações, jovens, hão de por certo erguer-se contra vós no dia de Deus. A humildade nos ministros jovens OE 319 1 Enquanto Deus não houver colocado sobre vós sérias responsabilidades, não saiais de vosso lugar, apoiando-vos em vosso próprio e independente raciocínio, e assumindo responsabilidades para as quais não vos achais habilitados. Necessitais cultivar a vigilância e a humildade, e ser diligentes na oração. Quanto mais perto viverdes de Deus, tanto mais discernireis vossas fraquezas e perigos. Uma visão prática da lei de Deus, uma clara compreensão da expiação de Cristo, dar-vos-ão o conhecimento de vós mesmos, e mostrar-vos-ão onde falhais no aperfeiçoar um caráter cristão. ... OE 319 2 Negligenciais, até certo ponto, a necessidade de ter sempre convosco uma influência divina. Isto é positivamente necessário ao fazer o serviço de Deus. Se o negligenciais, e ides adiante, confiando em vós mesmos, bastando-vos a vós mesmos, sereis abandonados a cometer verdadeiros erros. Necessitais constantemente de nutrir humildade de espírito, e o sentimento de dependência. Aquele que sente sua própria fraqueza, olhará para mais alto, e experimentará a necessidade de constante força de cima. A graça de Deus o levará a alimentar um espírito de contínua gratidão. Aquele que melhor conhece a própria fraqueza, saberá que é a incomparável graça de Deus apenas que triunfa sobre a rebelião do coração. OE 319 3 Precisais de vos familiarizar tanto com os pontos fracos, como com os fortes, de vosso caráter, a fim de que estejais sempre em guarda para não vos meterdes em empreendimentos e assumirdes responsabilidades para as quais Deus nunca vos designou. Nunca deveis comparar vossas ações e medir vossa vida por qualquer norma humana, mas segundo a regra de dever revelada na Bíblia. ... OE 320 1 Dependeis demasiado de vosso ambiente. Se tendes uma grande congregação, vos envaideceis, e desejais falar-lhe. Mas por vezes o auditório diminui, vosso espírito se abate, e pouco é o ânimo que vos resta para trabalhar. Certamente falta alguma coisa. Vossa segurança em Deus não é bastante firme. ... OE 320 2 Cristo buscou os homens onde quer que os pudesse encontrar -- nas vias públicas, em casas particulares, nas sinagogas, à beira-mar. Lidava o dia inteiro, pregando às multidões, e curando os doentes que Lhe eram trazidos; e freqüentemente, ao despedir o povo para que voltasse à casa a fim de repousar e dormir, passava Ele a noite inteira em oração, para sair e continuar os labores pela manhã. ... OE 320 3 Necessitais pôr vossa alma em mais íntima comunhão com Deus, mediante fervorosa oração misturada com fé viva. Toda oração feita com fé, eleva o suplicante acima das dúvidas desanimadoras, e das paixões humanas. A oração dá força para renovar a luta com os poderes das trevas, sofrer pacientemente as provações e suportar durezas como bons soldados de Cristo. OE 321 4 Enquanto vos aconselhais com vossas dúvidas e temores, ou tentais solver todas as coisas que não podeis ver claramente enquanto não tendes fé, vossas perplexidades só hão de crescer e aprofundar-se. Se chegais a Deus, sentindo-vos sem amparo, e dependentes, como realmente sois e em humilde e confiante oração tornais as vossas necessidades conhecidas Àquele cujo saber é infinito, que vê tudo na criação e que governa tudo por Sua vontade e palavra, Ele pode e há de atender a vosso clamor, e fará com que a luz brilhe em vosso coração e em torno de vós; pois mediante a sincera oração vossa alma é posta em comunicação com a mente do Infinito. Talvez não tenhais, na ocasião, nenhuma prova notável de que a face de vosso Redentor se inclina sobre vós em compaixão e amor, mas assim é realmente. Talvez não sintais de maneira palpável o Seu toque, mas Sua mão se acha sobre vós com amor e piedosa ternura. ... OE 321 1 Necessitais de contínua vigilância, para que Satanás vos não iluda por suas subtilezas, corrompa o vosso espírito, e vos induza a incoerência e densas trevas. Vossa vigilância deve-se caracterizar por um espírito de humilde dependência de Deus. Ela não deve ser exercida com um espírito orgulhoso e confiante em si mesmo, mas com um sentimento profundo de vossa própria fraqueza, e uma confiança infantil nas promessas de Deus. Dias de conflito e angústia de alma OE 321 2 É agora uma fácil e aprazível tarefa o pregar a mensagem do terceiro anjo, em comparação com o que era ao início da mesma, quando o número de membros era pequeno, e éramos considerados como fanáticos. Os que tinham a responsabilidade da obra nos primeiros tempos da mensagem, souberam o que era conflito, aflição e angústia de alma. Dia e noite sobre eles repousava pesadamente o fardo. Não pensavam em descanso ou comodidade, mesmo quando a isso eram premidos pelo sofrimento e a doença. A brevidade do tempo exigia atividade, e os obreiros eram poucos. OE 321 3 Freqüentemente, quando levados a condições angustiosas, a noite inteira era passada em oração fervorosa, angustiada, com lágrimas, em busca do auxílio de Deus e de luz que esclarecesse Sua Palavra. Quando essa luz vinha, e as trevas se dissipavam, que alegria e grata felicidade repousavam sobre os ansiosos e diligentes investigadores! Nosso reconhecimento para com Deus era tão completo, quanto havia sido nosso fervoroso e sedento clamor em busca de luz. Algumas noites não podíamos dormir, porque tínhamos o coração a transbordar de amor e gratidão para com Deus. OE 322 1 Os que agora saem a pregar a verdade, têm tudo facilitado, ao alcance da mão. Não podem experimentar as privações que os obreiros da verdade presente suportaram antes deles. A verdade foi descoberta elo após elo, até formar uma clara e bem concatenada cadeia. Para trazer à luz a verdade em tanta clareza e harmonia foi necessário cuidadosa investigação. A mais acerba e decidida oposição levou os servos de Deus a buscar o Senhor e a Bíblia. Preciosa lhes era na verdade a luz que provinha de Deus. ... OE 322 2 Na vitória final, Deus não terá lugar para as pessoas que, no tempo do perigo, quando as energias, a coragem e a influência de todos são necessárias para atacar o inimigo, não se podem encontrar em parte alguma. Os que se colocam como soldados fiéis, para batalhar contra o erro e vindicar o direito, lutando contra os principados e as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais, receberão, cada um, o louvor do Mestre: "Bem está, bom e fiel servo... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:23. -- Testimonies for the Church 3:320-327. OE 322 3 Aquele que perde de vista sua inteira dependência de Deus, tem de por certo cair. Contendemos com os que são mais fortes que nós. Satanás e suas hostes estão continuamente nos assediando com tentações, e é-nos impossível resistir-lhes em nossa própria força e sabedoria. Daí, sempre que permitimos que nosso coração seja desviado de Deus, sempre que condescendemos com a exaltação própria, com a confiança em nós mesmos, é certo sermos vencidos. OE 323 1 O mundo não conhecerá nunca a obra íntima que tem lugar entre a alma e Deus, nem a interior amargura de espírito, o desgosto consigo mesmo, e o constante esforço para dominar o próprio eu; mas muitos do mundo poderão apreciar os resultados desses esforços. OE 323 2 Os que possuem a mais profunda experiência nas coisas de Deus, são os que mais longe estão do orgulho e da presunção. É quando os homens têm a mais exaltada concepção da glória e da excelência de Cristo, que o eu se humilha, e eles sentem que lhes é demasiado honroso o mais humilde lugar em Seu serviço. OE 323 3 O Senhor quer que subamos ao monte, a estarmos mais diretamente em Sua presença. Estamos chegando a uma crise que, mais que qualquer outra de tempos anteriores, desde o princípio do mundo, exigirá a inteira consagração de todo aquele que tem nomeado o nome de Cristo. OE 323 4 Queira Deus tornar Seus servos sábios, pela iluminação divina, a fim de que não se vejam os traços humanos em qualquer dos grandes e importantes empreendimentos que se acham diante de nós. ------------------------Capítulo 71 -- Palavras de advertência OE 324 1 Disse Cristo aos discípulos: "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas." Mateus 10:16. OE 324 2 Os ataques de Satanás contra os advogados da verdade se tornarão cada vez mais implacáveis e resolutos, até ao próprio fim do tempo. Como nos dias de Cristo os principais sacerdotes e príncipes instigavam contra Ele o povo, assim hoje os guias religiosos excitarão oposição e preconceito contra a verdade para este tempo. O povo será levado a atos de violência e oposição nos quais nunca teriam pensado se não tivessem sido imbuídos da animosidade de professos cristãos contra a verdade. Como enfrentar duros ataques OE 324 3 Que procedimento devem seguir os advogados da verdade? Possuem eles a imutável, eterna Palavra de Deus, e devem revelar o fato de que possuem a verdade tal como é em Jesus. Suas palavras não devem ser ásperas e incisivas. Em sua apresentação da verdade devem manifestar o amor, e a mansidão, e a amabilidade de Cristo. Que a verdade por si mesma produza a incisão; a Palavra de Deus é aguda espada de dois gumes, e abrirá caminho até ao coração. Os que sabem que possuem a verdade não devem, pelo emprego de expressões ásperas e severas, dar a Satanás ocasiões de interpretar falsamente sua intenção. OE 324 4 Como um povo, devemos portar-nos como Se portou o Redentor do mundo. Quando em controvérsia com Satanás acerca do corpo de Moisés, Cristo não ousou apresentar contra ele uma acusação injuriosa. Judas 9. Recebera provocações bastantes para isso fazer, e Satanás ficou desapontado por não ter podido despertar em Cristo um espírito de vingança. Satanás estava pronto para interpretar mal qualquer coisa feita por Jesus; e o Salvador não lhe dava ocasião, nem ao menos a sombra de uma desculpa. Não Se desviava do caminho reto da verdade que Se havia traçado, para seguir os extravios, e perversões, e rodeios, e prevaricações de Satanás. OE 325 1 Lemos na profecia de Zacarias que, quando Satanás com toda a sua sinagoga se ergueu para resistir às orações de Josué, o sumo sacerdote, e para resistir a Cristo, que estava prestes a mostrar decidido apoio a Josué, "Jeová disse a Satanás: Que Jeová te repreenda, ó Satanás; sim, repreenda-te Jeová que escolheu a Jerusalém; acaso não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias 3:2 (TB). OE 325 2 O procedimento de Cristo mesmo ao tratar com o adversário das almas, deve ser-nos um exemplo para que, em todas as nossas relações com os outros, nunca façamos contra ninguém uma acusação injuriosa; muito menos devemos empregar aspereza ou severidade para com os que podem estar tão ansiosos como nós por saber o caminho reto. Tolerância com os outros OE 325 3 Os que foram educados na verdade por preceito e exemplo, devem ter grande tolerância com os outros, que não tiveram conhecimento das Escrituras senão através das interpretações dadas por ministros e membros da igreja, e que têm recebido tradições e fábulas como verdade bíblica. Ficam surpreendidos ao ser-lhes apresentada a verdade; é para eles uma nova revelação, e não suportam que lhes seja apresentada logo no princípio toda a verdade, em seu caráter mais admirável. Tudo lhes é novo e estranho, e totalmente diferente daquilo que ouviram de seus ministros; e são propensos a crer no que os ministros lhes disseram -- que os adventistas do sétimo dia são ateus e que não acreditam na Bíblia. Que a verdade lhes seja apresentada tal como é em Jesus, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. Não obstruir o caminho OE 326 1 Que aqueles que escrevem em nossas revistas não dirijam rudes ataques e alusões que por certo hão de causar dano, e que obstruirão o caminho e nos impedirão de fazer a obra que devemos fazer a fim de alcançar todas as classes, inclusive os católicos. É nossa obra falar a verdade em amor, e não misturar com a verdade os elementos não santificados do coração natural, e falar coisas que se assemelhem ao mesmo espírito possuído por nossos inimigos. Todas as ásperas acusações recairão sobre nós em medida dupla, quando o poder estiver nas mãos dos que o podem exercer para nosso dano. OE 326 2 Muitas e muitas vezes me foi dada a mensagem de que não devemos, a menos que isso seja positivamente necessário para vindicar a verdade, dizer, especialmente em relação a pessoas, uma palavra nem publicar uma sentença que possa instigar nossos inimigos contra nós, e despertar suas paixões até à incandescência. Nossa obra logo será impedida, e logo virá sobre nós o tempo de angústia, tal como nunca houve, e do qual pouca idéia temos. OE 326 3 O Senhor quer que Seus obreiros representem a Ele, o grande Obreiro Missionário. O manifestar precipitação sempre traz dano. A conduta adequada, essencial à vida cristã tem de ser aprendida diariamente na escola de Cristo. Aquele que é descuidado e precipitado em proferir palavras ou em escrevê-las para publicação a ser espalhada pelo mundo, emitindo expressões que nunca mais poderão ser retiradas, está-se desqualificando para receber o legado da sagrada obra que recai neste tempo sobre os seguidores de Cristo. Os que costumam fazer severos ataques, estão formando hábitos que pela repetição se irão fortalecendo, e dos quais terão de arrepender-se. Devemos examinar cuidadosamente nossas maneiras e nosso espírito, e ver de que modo estamos fazendo a obra que nos foi dada por Deus, a qual envolve o destino de almas. A mais elevada das obrigações repousa sobre nós. OE 327 1 Satanás está pronto, ardendo em zelo por inspirar toda a confederação de agentes satânicos, a fim de que os possa levar a unir-se a homens maus e trazer sobre os crentes na verdade, rápido e severo sofrimento. Cada palavra imprudente que seja pronunciada por nossos irmãos, será entesourada pelo príncipe das trevas. Eu desejaria perguntar: Como ousam finitos seres humanos proferir palavras descuidadas e ousadas que hão de incitar os poderes do inferno contra os santos de Deus, quando Miguel, o arcanjo, não ousou pronunciar contra Satanás juízo blasfemo, mas disse: "O Senhor te repreenda"? Judas 9. OE 327 2 Ser-nos-á impossível evitar dificuldades e sofrimento. Disse Jesus: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" Mateus 18:7. Mas pelo motivo de ter de vir o escândalo, devemos ser cuidadosos em não incitar o temperamento natural dos que não amam a verdade, por palavras imprudentes e pela manifestação de um espírito indelicado. OE 328 1 A preciosa verdade tem de ser apresentada em sua força original. Os enganosos erros que se acham espalhados por toda parte e que estão levando cativo o mundo, devem ser desvendados. Está sendo feito todo esforço possível por enlaçar almas com raciocínios sutis, por volvê-las da verdade para fábulas e prepará-las para serem seduzidas por fortes enganos. Mas enquanto essas almas enganadas se volvem da verdade para o erro, não lhes faleis uma palavra de censura. Procurai mostrar a essas pobres, iludidas almas o seu perigo, e revelar-lhes quão ofensivo para Jesus Cristo é seu modo de proceder; mas seja tudo feito em compassiva ternura. Pela devida maneira de trabalho algumas das almas enredadas por Satanás podem ser reavidas de seu poder. Mas não as censureis nem condeneis. Ridicularizar a posição mantida pelos que estão em erro, não lhes abrirá os olhos cegos, nem os atrairá para a verdade. OE 328 2 Quando os homens perdem de vista o exemplo de Cristo e não Lhe imitam a maneira de ensinar, tornam-se presunçosos e saem ao encontro de Satanás com as próprias armas dele. O inimigo bem sabe como dirigir suas armas contra os que as empregam. Jesus só falou palavras de pura verdade e justiça. OE 328 3 Se já houve um povo que devesse andar em humildade diante de Deus, esse povo é Sua igreja, Seus escolhidos nesta geração. Todos nós precisamos deplorar o embotamento de nossas faculdades intelectuais, a falta de apreciação de nossos privilégios e oportunidades. Nada temos de que nos pudéssemos orgulhar. Ofendemos ao Senhor Jesus Cristo por nossa rudeza, por nossas acusações não cristãs. Precisamos tornar-nos perfeitos nEle. OE 328 4 É verdade que nos é ordenado: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. Esta mensagem tem de ser dada, mas conquanto tenha de ser dada, devemos ter cuidado em não acusar, apertar e condenar os que não possuem a luz que nós possuímos. Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são conscienciosíssimos cristãos, que andam em toda a luz que sobre eles brilha, e Deus operará em seu favor. Os que têm tido grandes privilégios e oportunidades, e que não têm aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais, mas antes vivido para agradar-se a si mesmos e se têm recusado a desempenhar-se da sua responsabilidade, esses estão em maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os que se acham em erro no que respeita à doutrina, mas que não obstante procuram viver para fazer bem aos outros. OE 329 1 Não censureis outros; não os condeneis. Se permitirmos que considerações egoístas, raciocínio falso e falsas desculpas nos levem a um perverso estado de espírito e coração, de maneira que não saibamos os caminhos e a vontade de Deus, seremos muito mais culpados do que o pecador declarado. Precisamos ser muito cautelosos para não condenar os que, diante de Deus, são menos culpados do que nós mesmos. -- Testimonies for the Church 9:239-244. ------------------------Capítulo 72 -- Deus não faz acepção de pessoas OE 330 1 A religião de Cristo eleva o que a recebe a um plano mais alto de pensamento e ação, ao mesmo tempo que apresenta toda a família humana como sendo, semelhantemente, objeto do amor de Deus, sendo comprados pelo sacrifício de Seu Filho. Vêm encontrar-se aos pés de Jesus, o rico e o pobre, o letrado e o ignorante, sem nenhuma idéia de casta ou preeminência mundana. Todas as distinções terrestres desaparecem ao contemplarmos Aquele a quem nossos pecados traspassaram. A abnegação, a condescendência, a infinita compaixão dAquele que era tão exaltado no Céu, faz envergonhar o orgulho humano, a presunção e as castas sociais. A religião pura e imaculada manifesta seus celestiais princípios, levando à unidade todos quantos são santificados pela verdade. Todos se unem como almas compradas por sangue, igualmente dependentes dAquele que os redimiu para Deus. Talentos OE 330 2 O Senhor emprestou aos homens talentos para desenvolver. Aqueles a quem Ele dotou com recursos, devem levar seus talentos de meios ao Mestre. Homens e mulheres de influência, devem usar aquilo que Deus lhes deu. Aqueles a quem Ele dotou de sabedoria, cumpre trazerem à cruz de Cristo este dom, para ser usado para Sua glória. OE 330 3 E os pobres têm seus talentos, os quais talvez sejam maiores do que qualquer dos mencionados. Pode ser simplicidade de caráter, humildade, virtude provada, confiança em Deus. Mediante paciente labor, mediante inteira dependência de Deus, estão mostrando Jesus, o Redentor, àqueles com quem estão em contato. Têm um coração cheio de simpatia para com o pobre, um lar para o necessitado e o oprimido, e dão um testemunho claro e decidido quanto ao que Jesus é para eles. Buscam glória, honra e imortalidade, e sua recompensa será a vida eterna. A fraternidade humana OE 331 1 São precisas, na fraternidade humana, todas as espécies de talentos para formar um todo perfeito; e a igreja de Cristo é composta de homens e mulheres de talentos vários, e de todas as categorias e classes. Nunca foi desígnio de Deus que o orgulho humano houvesse de desfazer aquilo que foi ordenado por Sua própria sabedoria -- a combinação de toda sorte de espíritos, de todos os vários talentos que compõem um todo completo. Não deve haver depreciação de parte alguma da grande obra de Deus, sejam os instrumentos elevados ou humildes. Todos têm sua parte na difusão da luz, em proporções diversas. OE 331 2 Não deve haver monopólio do que, em certa medida, pertence a todos, altos e baixos, ricos e pobres, instruídos e ignorantes. Nem um raio de luz deve ser desapreciado, nem impedido, nem um clarão não reconhecido, ou mesmo aceito com relutância. Façam todos sua parte pela verdade e a justiça. Os interesses das diferentes classes da sociedade, acham-se indissoluvelmente unidos. Estamos todos entretecidos na grande teia da humanidade, e não podemos, sem prejuízo, retirar nossas simpatias uns dos outros. É impossível manter-se na igreja uma saudável influência, quando não existe este interesse e simpatia comuns. Exclusivismo OE 332 1 Para Deus não existem castas. Ele desconhece qualquer coisa dessa espécie. Toda alma é valiosa aos Seus olhos. Trabalhar pela salvação das almas é um emprego subidamente honroso. Não importa qual seja a forma de nosso trabalho, ou entre que classe, seja, se é alta, se é baixa. À vista de Deus, essas distinções não lhe afetarão o real valor. A alma sincera, fervorosa, contrita, embora ignorante, é preciosa aos olhos do Senhor. Ele coloca Seu selo sobre os homens, julgando-os, não pela categoria que ocupam nem por sua riqueza, ou pela grandeza intelectual, mas por sua unidade com Cristo. O ignorante, o pária, o escravo, que haja aproveitado o melhor possível suas oportunidades e privilégios, se tem acariciado a luz que lhe foi dada por Deus, tem feito tudo quanto se exige. O mundo talvez lhe chame ignorante, mas Deus o considera sábio e bom, e assim o nome dele se acha registrado nos livros celestes. Deus o habilitará para O honrar, não somente no Céu, mas na Terra. OE 332 2 A censura divina se acha sobre os que recusam a companhia daqueles que têm o nome escrito no livro da vida do Cordeiro, simplesmente porque eles não são ricos, instruídos ou honrados neste mundo. Cristo, o Senhor da glória, está satisfeito com os que são mansos e humildes de coração, por mais humilde que seja sua profissão, seja qual for sua classe ou grau de inteligência. O preparo para o serviço OE 332 3 Quantos obreiros úteis e honrados na causa de Deus têm recebido preparo entre os humildes deveres das mais modestas posições da vida! Moisés foi candidato ao governo do Egito, mas Deus não o pôde tirar da corte do rei para fazer a obra que lhe era designada. Somente depois de ele haver sido por quarenta anos um fiel pastor, foi enviado como libertador de seu povo. Gideão foi tirado da eira, para ser o instrumento nas mãos de Deus, para livrar os exércitos de Israel. Eliseu foi convidado a deixar o arado, e atender ao mandado do Senhor. Amós era agricultor, lavrador do solo, quando Deus lhe deu uma mensagem a proclamar. OE 333 1 Todos quantos se tornam coobreiros de Cristo, terão a executar grande quantidade de trabalho penoso, desagradável, e suas lições devem ser sabiamente escolhidas, e adaptadas a suas peculiaridades de caráter, e à obra que eles têm de realizar. Cuidado no preparo dos jovens OE 333 2 O Senhor me tem mostrado, por muitas maneiras e em várias ocasiões, quão cuidadosamente devemos lidar com os jovens -- que é mister o mais fino discernimento para tratar com o espírito humano. Todos quantos têm de lidar com a educação e preparo da mocidade, precisam viver muito achegados ao grande Mestre, para adquirir Seu espírito e maneira de operar. Devem-lhes ser dadas lições que afetem seu caráter e a obra de sua vida. OE 333 3 Deve-lhes ser ensinado que o evangelho de Cristo não tolera nenhum espírito de casta, que ele não dá lugar a juízos descorteses de outros, o que tende diretamente à exaltação própria. A religião de Cristo nunca degrada o que a recebe, nem o torna vulgar e rude; nem o torna maldoso, em pensar ou sentir, para com aqueles por quem Cristo morreu. OE 333 4 Há perigo de dar demasiada importância a questões de etiqueta, e muito tempo à educação quanto a assuntos de maneiras e formas, que nunca poderão ser de muita utilidade para muitos jovens. Alguns se acham em perigo de fazer do exterior o todo-importante, de pôr excessiva estima no valor de meras convenções. Os resultados não fazem jus ao emprego de tempo e atenção dispensados a esses assuntos. Alguns que são ensinados a dar muito cuidado a essas coisas, pouco respeito ou simpatia manifestam por qualquer coisa, por mais excelente, se deixa de lhes satisfazer a norma das convenções. OE 334 1 Tudo quanto incite a crítica menos generosa, a disposição para notar e expor todo defeito ou erro, é mau. Isso fomenta desconfiança e suspeita, as quais são contrárias ao caráter de Cristo, e prejudiciais ao espírito que nelas se exercita. Os que se empenham nessa obra, apartam-se gradualmente do espírito do cristianismo. OE 334 2 A educação essencial, perdurável, é a que desenvolve as mais nobres qualidades, que anima o espírito de geral benevolência, levando a mocidade a não pensar mal de ninguém, para que não ajuízem mal dos motivos, nem interpretem falsamente as palavras e ações. O tempo empregado nessa espécie de instrução produzirá frutos para a vida eterna. O exemplo de Cristo é uma repreensão ao exclusivismo OE 334 3 Em todos os séculos, desde que Cristo esteve entre os homens, tem havido algumas pessoas que preferem isolar-se dos outros, manifestando um desejo farisaico de preeminência. Separando-se do mundo, não têm vivido de maneira a beneficiar seus semelhantes. OE 334 4 Não há, na vida de Cristo nenhum exemplo que justifique essa beatice de justiça própria. Seu caráter era comunicativo e beneficente. Não há uma ordem monástica na Terra, da qual Ele não houvesse de ser excluído, por estar fora das regras prescritas. Em todas as denominações religiosas, e em quase todas as igrejas, podem-se encontrar pessoas fanáticas, que O teriam censurado por Suas liberais misericórdias. Haveriam de encontrar motivo de crítica no fato de Ele comer com publicanos e pecadores; tê-Lo-iam acusado de Se conformar com o mundo por assistir a uma festa de casamento, e censurá-Lo-iam impiedosamente por permitir que os amigos fizessem uma ceia em Sua honra e na de Seus discípulos. OE 335 1 Mas nessas mesmas ocasiões, tanto por Seus ensinos como por Sua conduta generosa, Ele Se estava entronizando no coração daqueles a quem honrava com Sua presença. Dava-lhes uma oportunidade de se relacionarem com Ele, e de observarem o assinalado contraste entre Sua vida e ensinos e os dos fariseus. OE 335 2 Aqueles a quem Deus confiou Sua verdade, devem possuir o mesmo espírito benfazejo manifestado por Cristo. Devem adotar os mesmos largos planos de ação. Devem ter um espírito bom e generoso para com os pobres, reconhecendo, num sentido especial, que são os mordomos de Deus. Devem considerar tudo quanto têm -- a propriedade, as faculdades da mente, as energias espirituais -- como não lhes pertencendo, mas sendo-lhes emprestado apenas para o avançamento da causa de Cristo na Terra. Como Cristo, não se devem esquivar ao convívio de seus semelhantes, mas procurá-lo com o desígnio de comunicar a outros os benefícios celestiais que têm recebido de Deus. OE 335 3 Não sejais exclusivistas. Não busqueis apenas um pequeno grupo em cuja companhia vos comprazeis, deixando que os outros vivam para seu lado. Supondes ver fraqueza num, e falta de senso em outro; não vos afasteis deles, associando-vos unicamente com aqueles que julgais quase perfeitos. OE 336 1 As próprias almas que desprezais necessitam de vosso amor e simpatia. Não deixeis uma alma fraca a lutar sozinha, combater contra as paixões do próprio coração, sem vosso auxílio e orações, mas considerai-vos a vós mesmos, para que não sejais também tentados. Se assim fizerdes, Deus não vos abandonará a vossas próprias fraquezas. Podeis ter pecados maiores a Seus olhos do que os daqueles a quem condenais. Não vos ponhais de parte, dizendo: "Sou mais santo do que tu." OE 336 2 Cristo deitou Seu divino braço em torno da raça humana. Trouxe aos homens Seu divino poder, para animar a pobre alma, enferma de pecado, desanimada, a esforçar-se em busca de uma vida mais elevada. Oh! nós necessitamos mais do espírito de Cristo, e muito menos do próprio eu! Precisamos diariamente do poder convertedor de Deus em nosso coração. Necessitamos do espírito enternecedor de Cristo, que vença e abrande nossa alma. O único caminho que têm a seguir os que se julgam sãos, é cair sobre a Rocha, e despedaçar-se. Cristo vos pode transformar à Sua semelhança, se a Ele vos submeterdes. OE 336 3 Se seguirmos as pegadas de Cristo, havemos de nos aproximar daqueles que necessitam de nossos serviços. Havemos de explicar-lhes a Bíblia, apresentar-lhes as exigências da lei de Deus, ler as promessas aos hesitantes, despertar os descuidosos, fortalecer os fracos. ------------------------Capítulo 73 -- Retraimento OE 337 1 O ler e escrever incessante de muitos ministros, incapacita-os para a obra pastoral. Consomem tempo valioso em estudo abstrato, tempo que podia ser empregado em auxiliar o necessitado no momento oportuno. Alguns ministros têm-se entregado à obra de escrever durante um período de decidido interesse religioso, e por vezes esses escritos não tinham nenhuma ligação especial com a obra que tinham em mão. Em tais ocasiões é dever do ministro empregar todas as suas energias em levar avante o interesse do momento. Seu espírito deve estar claro, e concentrado sobre o único objetivo de salvar almas. Estivessem seus pensamentos preocupados com outros assuntos, e seriam perdidos para a causa muitos que poderiam ter sido salvos por uma oportuna instrução. OE 337 2 Quando lhes sobrevém a tentação de se isolarem, entregando-se a ler e escrever em ocasiões em que outros deveres lhes reclamam atenção imediata, os ministros devem renunciar ao próprio eu, e dedicar-se ao trabalho que está diante deles. Isso é sem dúvida uma das mais probantes experiências que se podem oferecer a um espírito estudioso. OE 337 3 Os deveres de um pastor são muitas vezes vergonhosamente negligenciados, porque o ministro não tem resistência para sacrificar suas inclinações pessoais para o isolamento e o estudo. O pastor deve fazer visitas de casa em casa entre o seu rebanho, ensinando, conversando e orando com cada família, e velando pelo bem-estar de suas almas. Os que têm manifestado desejo de se relacionar com os princípios de nossa fé, não devem ser negligenciados, mas completamente instruídos na verdade. OE 338 1 Certos ministros, que têm sido convidados por chefes de família a visitarem sua casa, têm passado as poucas horas de sua visita isolados num aposento desocupado, satisfazendo sua inclinação de ler e escrever. A família que os hospedava não tirou nenhum benefício de sua estada ali. Os ministros aceitaram-lhes a hospitalidade oferecida, sem lhes dar o equivalente no trabalho de que tanto necessitavam. OE 338 2 O povo é facilmente atingido por meio do círculo social. Mas muitos ministros têm aversão à tarefa de fazer visitas; não cultivaram qualidades sociais, não adquiriram aquele espírito comunicativo que encontra acesso ao coração do povo. OE 338 3 Os que se excluem do povo, não podem, de modo nenhum, auxiliá-los. Um hábil médico precisa compreender a natureza das várias doenças, e deve possuir um conhecimento perfeito da estrutura humana. Deve ser pronto a atender os doentes. Sabe que as demoras são perigosas. Quando sua mão experiente segura o pulso do paciente, e ele observa cuidadosamente as particulares indicações da moléstia, seus conhecimentos prévios o habilitam a determinar a natureza da mesma, e o tratamento necessário para lhe deter a marcha. OE 338 4 Como o médico trata de doenças físicas, assim o pastor ministra à alma doente do pecado. E sua obra é tanto mais importante do que a do médico, quanto a vida eterna é de maior valor que a existência temporal. O pastor depara com infinita variedade de temperamentos, e é dever seu ficar conhecendo os membros das famílias que assistem a seus ensinos, a fim de determinar que meios melhor os influenciarão no rumo certo. ------------------------Capítulo 74 -- Os ministros e os negócios comerciais OE 339 1 Não podem os ministros fazer um trabalho aceitável para Deus, e ao mesmo tempo levar o fardo de grandes empreendimentos de negócios pessoais. Tal divisão de interesse diminui-lhes a percepção espiritual. A mente e o coração são ocupados com coisas terrenas, e o serviço de Cristo toma o segundo lugar. Procuram ajustar sua obra para Deus pelas circunstâncias, em vez de ajustar as circunstâncias aos reclamos de Deus. OE 339 2 As energias do ministro são todas necessárias para o seu alto chamado. Suas melhores faculdades pertencem a Deus. Não deve ele envolver-se em especulações, ou em qualquer outro negócio que o desvie de sua grande obra. "Ninguém que milita", escreveu Paulo, "se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar aquele que o alistou para a guerra." 2 Timóteo 2:4. Assim deu o apóstolo ênfase à necessidade do ministro se consagrar sem reservas ao serviço do Mestre. OE 339 3 O ministro que está integralmente consagrado a Deus recusa empenhar-se em negócios que poderiam impedi-lo de se dar inteiramente ao sagrado mister. Não procura riquezas ou honra terrestres; seu único propósito é falar a outros a respeito do Salvador que Se deu a Si mesmo para levar aos seres humanos as riquezas da vida eterna. Seu supremo desejo não é acumular tesouros neste mundo, mas chamar a atenção dos indiferentes e desleais para as realidades eternas. Ele pode ser convidado a empenhar-se em empresas que prometam grandes lucros mundanos, mas a tais tentações ele responde: "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?" Marcos 8:36. OE 340 1 Satanás apresentou este engodo a Cristo, sabendo que se Ele o aceitasse, o mundo jamais seria redimido. E sob diferentes disfarces ele apresenta a mesma tentação aos ministros de Deus hoje, sabendo que os que forem enganados por ela serão infiéis ao seu legado. OE 340 2 Não é vontade de Deus que Seus ministros procurem enriquecer. Com respeito a isto escreveu Paulo a Timóteo: "O amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão." Pelo exemplo, bem como por preceito, o embaixador de Cristo deve mandar "aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:10, 11, 17-19. OE 340 3 Os ministros não podem ter os encargos da obra, estando ao mesmo tempo ocupados com fazendas ou outras empresas comerciais, tendo o coração em seu tesouro terrestre. Seu discernimento espiritual é obscurecido. Eles não podem apreciar as necessidades da obra de Deus, e portanto, não podem desenvolver bem dirigidos esforços para lhe ir ao encontro das emergências e levar avante seus interesses. A falta de uma plena consagração à obra por parte do ministro, é logo sentida em todo o campo onde ele trabalha. Se sua própria norma é baixa, ele não pode levar outros a aceitar uma mais elevada. Especulações com terras e minas OE 341 1 O Senhor não pode glorificar Seu nome por intermédio de ministros que procuram servir a Deus e a Mamom. Não devemos incitar homens a empregar recursos em empresas minerais, ou em terrenos em cidades, apresentando o incentivo de que o dinheiro empregado duplicará dentro de pouco tempo. Nossa mensagem para este tempo, é: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos Céus, que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração." Lucas 12:33, 34. OE 341 2 Justamente antes de os israelitas entrarem na terra de Canaã, Satanás procurou seduzi-los e levá-los à idolatria, pensando conseguir sua ruína. Ele opera pelos mesmos processos hoje em dia. Há moços, os quais Deus aceitaria como coobreiros Seus, mas que se têm absorvido em comprar e vender terrenos, e vendido seu interesse na verdade presente pela perspectiva de proveito mundano. OE 341 3 Muitos há que se mantêm afastados do serviço de Deus, porque desejam lucros mundanos; e Satanás se serve deles para desviar outros. O tentador chega aos homens, como o fez com Jesus, apresentando-lhes a glória deste mundo; e quando suas tentativas são coroadas de certa medida de êxito, tornam-se ávidos de ganhar mais, perdem o amor à verdade, e sua espiritualidade perece. A herança imortal, o amor de Jesus, são eclipsados aos seus olhos pelas transitórias perspectivas deste mundo. OE 342 1 Raramente o povo se eleva acima do ministro que o dirige. Havendo nele um espírito amante do mundo, isso exerce uma tremenda influência sobre os outros. O povo faz das deficiências dele uma desculpa para cobrir seu próprio espírito mundano. Sossegam a consciência, pensando que podem ter liberdade de amar as coisas desta vida, e ser indiferentes às espirituais, porquanto os ministros são assim. Enganam sua própria alma, e permanecem amigos do mundo, o que o apóstolo declara ser "inimizade contra Deus". Romanos 8:7. Os ministros devem ser exemplos para o rebanho. Devem manifestar um inextinguível amor pelas almas, e à causa a mesma devoção que desejam ver no povo. -- Testimonies for the Church 2:645, 646. OE 342 2 Aproximamo-nos do fim do tempo. Necessitamos, não somente ensinar a verdade presente do púlpito, mas de vivê-la fora dele. Examinai detidamente o fundamento de vossa esperança de salvação. Não podeis, enquanto vos achais na posição de um arauto da verdade, de um atalaia nos muros de Sião, ter os vossos interesses entrelaçados com negócios de minas ou de imóveis, e fazer ao mesmo tempo eficazmente a sagrada obra confiada a vossas mãos. Quando se acham em jogo almas humanas, quando se encontram envolvidas coisas eternas, o interesse não pode, sem perigo, dividir-se. -- Testimonies for the Church 5:530. ------------------------Capítulo 75 -- O trabalho nas cidades OE 345 1 Conjuntamente com a proclamação da mensagem em cidades grandes, há muitas espécies de trabalho a ser efetuado por obreiros de vários dons. Uns devem trabalhar de um modo, outros de outro. O Senhor deseja que as cidades sejam trabalhadas mediante os esforços unidos de obreiros de diferentes habilidades. Todos devem buscar em Jesus a direção, não confiando na sabedoria dos homens, a fim de que não se extraviem. Como cooperadores de Deus devem procurar estar em harmonia uns com os outros. Deve haver freqüentes concílios e fervorosa, sincera cooperação. Contudo, todos devem buscar em Jesus sabedoria, não dependendo só da direção de homens. OE 345 2 O Senhor deu a alguns ministros a habilidade de reunir e conservar grandes congregações. Isto exige o exercício de tato e habilidade. Nas cidades de hoje, onde existem tantas coisas destinadas a atrair e agradar, o povo não pode se interessar por esforços medíocres. Os ministros designados por Deus hão de achar necessário envidar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões. E quando conseguem reunir grande número de pessoas, têm de apresentar mensagens de caráter tão fora da ordem comum que o povo fique desperto e advertido. Têm de fazer uso de todos os meios que possam ser planejados para fazer com que a verdade sobressaia clara e distintamente. A probante mensagem para este tempo deve ser apresentada tão clara e decididamente que comova os ouvintes, e os leve ao desejo de estudar as Escrituras. OE 346 1 Os que fazem a obra do Senhor nas cidades têm de envidar esforço calmo, perseverante e devotado, em favor da educação do povo. Conquanto devam trabalhar fervorosamente para interessar os ouvintes e conservar esse interesse, têm de ao mesmo tempo precaver-se contra qualquer coisa que se aproxime do sensacionalismo. Nesta época de extravagância e ostentação, em que os homens julgam necessário fazer aparato para conseguir êxito, os escolhidos mensageiros de Deus devem mostrar o erro de gastar meios desnecessariamente, para causar efeito. Ao trabalharem com simplicidade, humildade e gentil dignidade, evitando tudo que seja de natureza teatral, sua obra fará duradoura impressão para bem. OE 346 2 Há necessidade, é certo, de despender dinheiro, judiciosamente, em anunciar as reuniões, e em levar a cabo a obra sobre bases sólidas. Contudo, ver-se-á que a força de cada obreiro reside, não nessas manifestações exteriores, mas na tranqüila confiança em Deus, na oração fervorosa a Ele, pedindo auxílio, e na obediência à Sua Palavra. Muito mais oração, muito maior semelhança com Cristo, muito mais conformidade com a vontade de Deus, devem ser introduzidas na obra do Senhor. Demonstrações exteriores e extravagante dispêndio de meios não realizarão a obra que há por fazer. OE 346 3 A obra de Deus deve ser levada avante com poder. Precisamos do batismo do Espírito Santo. Precisamos compreender que Deus acrescentará às fileiras de Seu povo homens de habilidade e influência que hão de desempenhar sua parte em advertir o mundo. Nem todos no mundo são iníquos e pecaminosos. Deus tem muitos milhares que não dobraram os joelhos a Baal. Há nas igrejas caídas homens e mulheres tementes a Deus. Se assim não fosse, não seríamos incumbidos de proclamar a mensagem: "Caiu, caiu a grande Babilônia. ... Sai dela, povo Meu." Apocalipse 18:2, 4. Muitos dos sinceros de coração estão suspirando por um sopro de vida do Céu. Eles reconhecerão o evangelho quando lhes for apresentado na beleza e simplicidade com que é apresentado na Palavra de Deus. Ensinando os princípios da reforma de saúde OE 347 1 Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma de saúde. Alguns há que pensam que a questão do regime alimentar não seja de importância suficiente para ser incluída em seu trabalho evangélico. Mas esses cometem um grande erro. A Palavra de Deus declara: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todas as suas modalidades, tem lugar importante na obra da salvação. OE 347 2 Em conexão com nossas missões de cidade deveria haver cômodos apropriados, em que aqueles nos quais se despertou interesse possam reunir-se para ser instruídos. Esta obra necessária não deve ser efetuada de modo tão pobre que se faça impressão desfavorável sobre o espírito do povo. Tudo que é feito deve dar testemunho favorável em prol do Autor da verdade, e deve de modo apropriado representar a santidade e importância das verdades da terceira mensagem angélica. ... OE 348 1 A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. OE 348 2 Conservai na frente a obra da reforma de saúde -- é a mensagem que sou instruída a apresentar. Mostrai tão claramente o seu valor que se venha a sentir uma vasta necessidade dela. A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que é perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais. Pela abstinência total vencerá ele o desejo das condescendências que destroem a saúde. ... Trabalhai pelas classes abastadas OE 348 3 Devem os servos de Cristo trabalhar fielmente pelos ricos de nossas cidades, assim como pelos pobres e humildes. Há muitos homens abastados que são suscetíveis às influências e impressões da mensagem evangélica, e que, quando a Bíblia, e ela unicamente, lhes é apresentada como expositor da fé e prática cristãs, serão pelo Espírito de Deus levados a abrir portas para o avançamento do evangelho. Revelarão uma fé viva na Palavra de Deus, e usarão os meios que lhes foram confiados para preparar o caminho do Senhor, para endireitar no ermo vereda a nosso Deus. OE 349 1 Durante anos temos andado preocupados com a pergunta: Como poderemos reunir fundos suficientes para a manutenção das missões que o Senhor tem aberto perante nós? Lemos as ordens positivas do evangelho; e as missões, tanto nos campos nacionais como nos estrangeiros, apresentam suas necessidades. As indicações, ou antes, as positivas revelações da Providência, incitam-nos a fazer rapidamente a obra que espera ser feita. OE 349 2 O Senhor deseja que homens possuidores de dinheiro sejam convertidos e sirvam de Sua mão auxiliadora para alcançar outros. Ele deseja que os que podem ajudar na obra da reforma e restauração vejam a preciosa luz da verdade e sejam transformados no caráter, e levados a empregar em Seu serviço o capital que lhes foi confiado. Ele deseja que empreguem os meios que lhes emprestou, em fazer bem, em abrir o caminho para o evangelho ser pregado a todas as classes perto e longe. OE 349 3 Não há de ser o Céu apreciado pelos homens sábios do mundo? -- Oh, sim! Ali encontrarão eles descanso e paz e repouso de todas as futilidades, toda a ambição, todo o egoísmo. Instai com eles para que busquem a paz e felicidade e gozo que Cristo anela conceder-lhes. Instai com eles para que atentem para a obtenção do mais rico dom que pode ser conferido ao homem mortal -- as vestes da justiça de Cristo. Cristo oferece-lhes uma vida comparável com a vida de Deus, e um peso eterno de glória mui excelente. Se aceitarem a Cristo terão a mais elevada honra, honra que o mundo não pode dar nem tomar. Verão que na observância dos mandamentos de Deus há grande galardão. OE 350 1 O compassivo Redentor ordena aos Seus servos que dêem a ricos e a pobres o convite para a ceia. Ide para os caminhos e valados, e por vossos esforços perseverantes e resolutos, compeli-os a entrar. Que os ministros do evangelho se apoderem desses homens abastados do mundo, e os tragam ao banquete da verdade que Cristo lhes preparou. Aquele que por eles deu a preciosa vida, diz: "Trazei-os e fazei-os sentar à Minha mesa, e Eu os servirei." OE 350 2 Ministros de Cristo, relacionai-vos com essa classe. Não os passeis por alto, como casos sem esperança. Trabalhai com toda a persuasão possível, e como fruto de vossos fiéis esforços vereis no reino do Céu pessoas que serão coroadas como vencedores, para cantar o triunfante hino do conquistador. "Comigo andarão de branco", diz o Primeiro e o Último; "porquanto são dignas disso." Apocalipse 3:4. OE 350 3 Muitíssimo pouco esforço se tem feito em favor de homens que se acham em lugares de responsabilidade no mundo. Muitos deles possuem superiores habilitações; têm meios e influência. Estes são preciosos dons, que o Senhor lhes confiou a fim de serem aumentados e usados para o bem de outros. OE 350 4 Procurai salvar homens abastados. Rogai-lhes que restituam ao Senhor os tesouros que Ele lhes confiou em depósito, para que em Nova Iorque e outras grandes cidades possam ser estabelecidos centros de influência dos quais a verdade bíblica em sua simplicidade irradie para o povo. Persuadi homens a acumularem seus tesouros ao lado do trono de Deus, devolvendo ao Senhor sua fazenda, habilitando Seus obreiros a fazer o bem e promover Sua glória. Planos para aumentar o número de obreiros OE 351 1 A força de um exército mede-se especialmente pela eficiência dos homens que lhe compõem as fileiras. Um general capaz instrui seus oficiais a exercitarem todos os soldados para o serviço ativo. Procura desenvolver o mais alto grau de eficiência da parte de todos. Se ele devesse depender apenas dos oficiais, nunca poderia esperar dirigir com êxito uma campanha. Ele conta com os serviços leais e infatigáveis de cada homem em seu exército. A responsabilidade repousa em grande parte sobre aqueles que compõem as fileiras. OE 351 2 E assim se dá no exército do Príncipe Emanuel. Nosso General, que jamais perdeu uma batalha, espera de cada um que se alistou sob Seu estandarte, serviço fiel e voluntário. No conflito final que agora se trava entre as forças do bem e as hostes do mal, espera Ele que todos, tanto membros leigos como ministros, tomem parte. Todos os que se alistaram como soldados Seus, devem prestar fiel serviço como homens bem dispostos, com um vivo reconhecimento da responsabilidade que sobre eles repousa individualmente. OE 351 3 Aqueles a cujo cargo se encontram os interesses espirituais da igreja devem formular planos e meios pelos quais se dê a todos os seus membros alguma oportunidade de fazer uma parte na obra de Deus. Nem sempre foi isto feito em tempos passados. Não foram bem definidos nem executados os planos para empregar os talentos de cada um em serviço ativo. Poucos há que avaliem devidamente quanto se tem perdido por causa disto. OE 351 4 Os dirigentes da causa de Deus, como sábios generais, devem delinear planos para fazer movimentos de avanço ao longo de toda a linha. Em seus planos devem dar estudo especial à obra que pode ser feita pelos membros leigos em favor de seus amigos e vizinhos. A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja concorram ao trabalho e unam os seus esforços aos dos ministros e oficiais da igreja. ... Centro de turismo e de comércio OE 352 1 Nestes dias de muito viajar, as oportunidades para entrar em contato com homens e mulheres de todas as classes, e de muitas nacionalidades, são muito maiores do que nos dias de Israel. As rotas comerciais têm-se multiplicado mil vezes. Deus tem preparado maravilhosamente o caminho. A agência da imprensa, com seus múltiplos recursos, está ao nosso dispor. Bíblias e publicações em muitas línguas, expondo a verdade para este tempo, estão à nossa disposição, e podem ser levadas rapidamente para todas as partes do mundo. OE 352 2 Cristãos que vivem nos grandes centros de comércio têm oportunidades especiais. Crentes dessas cidades podem trabalhar a favor de Deus na vizinhança de seus lares. OE 352 3 Nas mundialmente afamadas termas balneares, praias e centros de comércio turístico, onde fervilham muitos milhares de pessoas em busca de saúde e prazer, devem achar-se estacionados ministros e colportores capazes de cativar a atenção das multidões. Estejam esses obreiros alerta à sua oportunidade de apresentar a mensagem para este tempo, e realizem reuniões quando tiverem ocasião. Sejam ligeiros em aproveitar as oportunidades de falar ao povo. Acompanhados do poder do Espírito Santo, apresentem-se ao povo com a mensagem dada por João Batista: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus." Mateus 3:2. OE 353 1 A Palavra de Deus deve ser apresentada com clareza e poder, para que os que têm ouvidos para ouvir, ouçam a verdade. Assim o evangelho da verdade presente será posto no caminho dos que o não conhecem, e será aceito por não poucos, e por eles levado a seus lares em todas as partes do mundo. OE 353 2 Devemos dar a última advertência de Deus aos homens, e qual não deveria ser nosso fervor em estudar a Bíblia, e nosso zelo em espalhar a luz! Que cada alma que recebeu a iluminação divina procure comunicá-la. Que os obreiros vão de casa em casa, abrindo a Bíblia ao povo, disseminando nossa literatura, falando a outros da luz que lhes trouxe bênção a sua própria alma. Distribua-se judiciosamente literatura nos trens, na rua, nos grandes navios que singram o oceano, e pelo correio. ... OE 353 3 Sou instruída a chamar a atenção de nossos ministros para as cidades por trabalhar, e a instar com eles a fim de que, por todos os meios possíveis, abram o caminho para a apresentação da verdade. Em algumas das cidades onde a mensagem da segunda vinda do Senhor foi primeiro proclamada, somos obrigados a começar o trabalho como se fosse um campo novo. Por quanto tempo ainda serão passados por alto esses campos estéreis, essas cidades não trabalhadas? Sem demora, deve o lançamento da semente começar em muitos, muitos lugares. -- Testimonies for the Church 9:109-123. ------------------------Capítulo 76 -- Conselhos concernentes à obra nas cidades OE 354 1 Há uma vasta obra a ser feita em proclamar a verdade para este tempo aos que se acham mortos em ofensas e pecados. As mensagens mais surpreendentes serão proclamadas por homens designados por Deus, mensagens capazes de advertir o povo, para o despertar. E conquanto alguns sejam irritados pela advertência, e levados a resistir à luz e à evidência, devemos ver daí que estamos apresentando a mensagem de prova para este tempo. OE 354 2 Serão comunicadas mensagens fora da ordem comum. Os juízos de Deus se acham na Terra. Ao mesmo tempo que se precisam estabelecer missões nas cidades, onde colportores, obreiros bíblicos e missionários-médicos práticos sejam preparados para entrar em contato com certas classes, precisamos ter também, em nossas cidades, evangelistas consagrados, por cujo intermédio se tem de apresentar uma mensagem, tão decididamente, que sacudamos os ouvintes. ... OE 354 3 Tem chegado o tempo de se fazerem decididos esforços nos lugares em que a verdade ainda não foi proclamada. Como se há de fazer a obra do Senhor? Em todo lugar em que se penetre, é mister lançar uma base sólida para trabalho permanente. Os métodos do Senhor têm de ser seguidos. Não vos deveis intimidar com aparências exteriores, por mais desanimadoras que pareçam. Cumpre-vos levar avante a obra, como o Senhor disse que devia ser feito. Pregai a Palavra, e o Senhor, por meio de Seu Espírito Santo, há de enviar a convicção ao espírito dos ouvintes. O relatório é: "E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiam." Marcos 16:20. OE 355 1 Muitos obreiros devem desempenhar sua parte fazendo trabalho de casa em casa e dando estudos bíblicos às famílias. Manifestarão seu crescimento na graça mediante a submissão à vontade de Cristo. Assim adquirirão uma rica experiência. À medida que, com fé, eles recebem a Palavra de Cristo, nela crêem e lhe obedecem, a eficiência do Espírito Santo se revelará em sua obra. Haverá uma intensidade de esforço diligente. Será alimentada uma fé que opera por amor, e purifica a alma. Ver-se-ão na vida os frutos do Espírito. ... OE 355 2 Há necessidade de toda instrução que nossas missões podem proporcionar. Continuai vossa obra no poder do mesmo Espírito que a dirigiu em seu estabelecimento. Mediante a exposição das Escrituras, da oração, do exercício da fé, educai o povo no caminho do Senhor; e edificar-se-á uma igreja fundada sobre a rocha que é Jesus Cristo. ... OE 355 3 Levai avante vossa obra em humildade. Nunca vos eleveis acima da simplicidade do evangelho de Cristo. Não na arte da ostentação, mas em erguer a Cristo, o Redentor que perdoa pecados, haveis de alcançar êxito em atrair almas. Ao trabalhardes para Deus em humildade de coração, Ele Se há de manifestar a vós. Processos teatrais OE 355 4 Mediante o emprego de cartazes, símbolos e ilustrações de várias espécies, o ministro pode fazer a verdade destacar-se clara e distintamente. Isso é um auxílio, e está em harmonia com a Palavra de Deus. Mas quando o obreiro torna seu trabalho tão dispendioso que os outros não podem tirar do tesouro meios suficientes para manter-se no campo, ele não está trabalhando de acordo com o plano de Deus. OE 356 1 A obra nas grandes cidades deve ser feita segundo a ordem de Cristo, não segundo os métodos teatrais. Não é uma realização teatral que glorifica a Deus, mas a apresentação da verdade no amor de Cristo. Preliminares OE 356 2 Não despojeis a verdade de sua dignidade e força impressiva mediante preliminares que são mais segundo os moldes do mundo, do que segundo os celestiais. Compreendam vossos ouvintes que realizais reuniões, não para lhes agradar os sentidos com a música ou outras quaisquer coisas, mas para pregar a verdade em toda a sua solenidade, para que ela chegue até eles como uma advertência, despertando-os de seu letárgico sono de satisfação própria. É a verdade nua que, à semelhança de uma aguda espada de dois gumes, corta de ambos os lados. É isso que há de despertar os que se acham mortos em ofensas e pecados. OE 356 3 Aquele que deu a própria vida para salvar homens e mulheres da idolatria e da condescendência própria, deixou um exemplo a ser seguido por todos quantos empreendem a obra de apresentar o evangelho a outros. Têm sido dadas aos servos de Deus, neste século, as mais solenes verdades a proclamar, e suas ações, métodos e planos devem corresponder à importância de sua mensagem. Se estais apresentando a palavra segundo a maneira de Cristo, vosso auditório será mais profundamente impressionado com as verdades que ensinais. Sobrevir-lhe-á a convicção de que essa é a palavra do Deus vivo. Formalidade no culto OE 357 1 Os mensageiros de Deus não devem seguir, em seus esforços para atrair o povo, os métodos do mundo. Nas reuniões que se realizam eles não devem confiar em cantores do mundo e exibições teatrais para despertar o interesse. Como se há de esperar daqueles que não têm nenhum interesse na Palavra de Deus, que nunca leram Sua Palavra com o sincero desejo de compreender-lhe as verdades, que cantem com espírito e entendimento? Como pode seu coração achar-se em harmonia com as palavras do sagrado hino? Como pode o coro celeste tomar parte numa música apenas formal? OE 357 2 Não nos é possível acentuar demais os males de um culto formal, mas não há palavras capazes de descrever devidamente as profundas bênçãos do culto genuíno. Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais apanham a harmonia, e unem-se ao cântico de ações de graças. Aquele que nos concedeu todos os dons que nos habilitam a ser coobreiros de Deus, espera que Seus servos cultivem sua voz, de modo que possam falar e cantar de maneira compreensível a todos. Não é o cantar forte que é necessário, mas a entonação clara, a pronúncia correta, e a perfeita enunciação. Que todos dediquem tempo para cultivar a voz, de maneira que o louvor de Deus seja entoado em tons claros e brandos, não com asperezas, que ofendam ao ouvido. A faculdade de cantar é um dom de Deus: seja ela usada para Sua glória. OE 357 3 Escolha-se um grupo de pessoas para tomar parte no serviço de canto. E seja este acompanhado por instrumentos de música habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso de instrumentos musicais em nossa obra. Esta parte do serviço deve ser cuidadosamente dirigida; pois é o louvor de Deus em cântico. Nem sempre o canto deve ser feito por apenas alguns. Permita-se o quanto possível que toda a congregação dele participe. ... Apegar-se à afirmativa OE 358 1 Muitas vezes, ao procurardes apresentar a verdade, despertar-se-á oposição; mas, se tentardes enfrentá-la com argumentos, haveis unicamente de multiplicá-la, o que não podeis permitir. Apegai-vos à afirmativa. Anjos de Deus vos observam, e sabem como impressionar aqueles cuja oposição vos recusais a enfrentar com argumentos. Não insistais nos pontos negativos das questões que surgem, mas reuni em vossa mente verdades afirmativas, aí fixando-as mediante muito estudo, fervorosa oração, e consagração do coração. Mantende a lâmpada espevitada e ardendo, e deixai que raios brilhantes se difundam, para que os homens, vendo vossas boas obras, sejam levados a glorificar vosso Pai que está no Céu. OE 358 2 Se Cristo não Se houvesse apegado à afirmativa no deserto da tentação, teria perdido tudo quanto desejava conquistar. O método de Cristo é o melhor para enfrentar nossos oponentes. Fortalecemos seus argumentos, quando repetimos o que eles dizem. Apegai-vos sempre à afirmativa. Talvez o próprio homem que se vos está opondo levará vossas palavras para casa e se converta à sensata verdade que lhe penetrou o entendimento. OE 358 3 Tenho dito muitas vezes aos nossos irmãos: Vossos adversários farão acerca de vossa obra falsas declarações. Não repitais essas declarações, mas atende-vos a vossas asserções da verdade viva; e anjos de Deus hão de abrir o caminho adiante de vós. Temos uma grande obra a levar avante, e devemos fazê-lo de maneira criteriosa. Não nos excitemos nunca, nem demos lugar a que se levantem maus sentimentos. Cristo não fazia assim, e Ele é nosso exemplo em tudo. Necessitamos, para a obra que nos foi confiada, de muito mais sabedoria celeste, santificada e humilde, e muito menos do próprio eu. Devemos apoiar-nos firmemente ao poder divino. OE 359 1 Aqueles que se têm apartado da fé virão a nossas congregações para distrair nossa atenção da obra que Deus deseja que se faça. Não vos podeis permitir desviar os ouvidos da verdade para as fábulas. Não vos detenhais para procurar converter aquele que está proferindo palavras de reprovação contra vossa obra, mas deixai que se patenteie que sois inspirados pelo Espírito de Jesus Cristo; e anjos de Deus vos porão nos lábios palavras que toquem o coração de vossos oponentes. Se esses homens persistirem em sua atitude, aqueles, na congregação, que são dotados de um espírito sensato, compreenderão que vossa norma é a mais elevada. Falai de modo a mostrar que Jesus Cristo está falando por vosso intermédio. -- Testimonies for the Church 9:137-149. OE 359 2 Há pessoas que têm um dom especial para cantar, e há ocasiões em que uma mensagem especial é apresentada por uma pessoa cantando sozinha, ou por várias, unidas num cântico. Mas o canto raramente deve ser feito por poucos. O cantar bem é um dom que exerce influência, e Deus deseja que todos o cultivem e empreguem para glória do Seu nome. -- Testimonies for the Church 7:115, 116. ------------------------Capítulo 77 -- A obra médico-missionária nas cidades OE 360 1 A obra evangélica médico-missionária deve ser levada avante com muita prudência e perfeição. A obra sagrada e solene de salvar almas, tem de avançar de maneira modesta, contudo elevada. Onde se acham os obreiros? Homens e mulheres inteiramente convertidos, de discernimento e penetrante visão, eis os que devem servir de diretores. Para empregar pessoas para essa obra especial, é mister usar de discernimento -- devem ser pessoas que amem a Deus e andem diante dEle em toda humildade; pessoas que venham a ser instrumentos eficazes na mão de Deus para consecução do objetivo que Ele tem em vista -- o erguimento e salvação dos seres humanos. OE 360 2 Os evangelistas médico-missionários estarão habilitados a fazer uma excelente obra como pioneiros. A obra do pastor deve unir-se inteiramente com a do evangelista médico-missionário. O médico cristão deve considerar sua obra como sendo tão exaltada como a do ministério. Repousa sobre ele uma dupla responsabilidade; pois nele se reúnem tanto as qualidades do médico, como as do ministro evangélico. Sua obra é sublime, sagrada e muito necessária. OE 360 3 O médico e o pastor devem compreender que se acham empenhados na mesma obra. Devem trabalhar em perfeita harmonia. Cumpre-lhes aconselharem-se juntamente. Por meio de sua união hão de dar testemunho de que Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo para salvar a todos os que nEle crerem como Salvador pessoal. OE 361 1 Os médicos cuja habilidade profissional se acha acima da dos doutores comuns, devem-se dedicar ao serviço de Deus nas grandes cidades. Devem procurar atingir as classes mais elevadas. ... Médicos-missionários que trabalham em ramos evangélicos, estão fazendo uma obra de tão alta espécie, como seus coobreiros do ministério. Os esforços desenvolvidos por esses obreiros não se devem limitar às classes mais pobres. As classes mais altas têm sido estranhamente negligenciadas. Nas esferas mais elevadas da sociedade encontram-se muitos que hão de corresponder à verdade, porque ela é coerente, porque apresenta o selo do elevado caráter do evangelho. Não poucos de entre os homens de capacidade assim conquistados para a verdade, hão de entrar com energia para obra do Senhor. OE 361 2 O Senhor pede aos que se acham em posições de confiança, aqueles a quem Ele tem confiado Seus preciosos dons, que empreguem os talentos de inteligência e de meios em Seu serviço. Nossos obreiros devem apresentar a esses homens uma clara exposição de nosso plano de trabalho, dizendo-lhes o que necessitamos para auxiliar o pobre e o necessitado, e para estabelecer esta obra sobre uma base firme. Alguns desses serão impressionados pelo Espírito Santo para empregar os recursos do Senhor de maneira a fazer progredir Sua causa. Eles cumprirão Seus desígnios ajudando a criar centros de influência nas grandes cidades. Obreiros interessados serão levados a oferecer-se para vários ramos de trabalho missionário. A obra de saúde OE 361 3 Estabelecer-se-ão restaurantes vegetarianos. Mas, com que cuidado deve ser feita essa obra! Cada restaurante vegetariano deve ser uma escola. Os obreiros com ele relacionados devem estudar constantemente e fazer experiências, a fim de aperfeiçoarem o preparo de alimentos saudáveis. OE 362 1 Nas cidades, é conveniente que essa obra de instrução seja desenvolvida em muito maior escala do que nos lugares pequenos. Mas, em todo lugar onde há uma igreja, devem ser dadas instruções quanto ao preparo de alimentos simples, saudáveis, para uso dos que desejam viver segundo os princípios de saúde. E os membros da igreja devem comunicar ao povo da vizinhança a luz que recebem acerca desse assunto. ... OE 362 2 Devem-se estabelecer escolas culinárias em muitos lugares. Esta obra pode começar humildemente, mas, à medida que inteligentes cozinheiros fizerem o mais que puderem para esclarecer a outros, o Senhor lhes dará habilidade e entendimento. A ordem do Senhor, é: "Não os impeçais; pois Me revelarei a eles como seu Instrutor." Deus cooperará com os que efetuam Seus planos, ensinando ao povo a fazer uma reforma em seu regime, mediante o preparo de alimento saudável e não dispendioso. Assim os pobres serão animados a adotar os princípios da reforma de saúde. E ser-lhes-á dado auxílio em se tornarem industriosos e confiarem em si mesmos. OE 362 3 Foi-me mostrado que homens e mulheres de capacidade estavam sendo ensinados por Deus a preparar alimentos saudáveis e apetecíveis, de maneira apropriada. Muitos deles eram moços, e também os havia de idade madura. Fui instruída a animar o estabelecimento de escolas culinárias em todos os lugares em que se está fazendo obra médico-missionária. Deve-se pôr diante do povo todo estímulo para levá-lo a adotar a reforma. Fazei brilhar sobre eles o máximo possível de luz. Ensinai-os a aperfeiçoar o quanto possível o preparo do alimento, estimulando-os a comunicar a outros aquilo que aprendem. ... OE 363 1 Da narração do milagre do Senhor, provendo vinho para as bodas, bem como do fato de alimentar a multidão, podemos aprender uma lição da mais alta importância. A produção de alimentos saudáveis em fábricas para isso destinadas é um dos instrumentos do Senhor para satisfazer a uma necessidade. O celeste Provedor de todo alimento não deixará Seu povo na ignorância quanto ao preparo das melhores comidas para todos os tempos e ocasiões. -- Conselhos Sobre Saúde, 549. OE 363 2 Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: "Segue-Me." OE 363 3 É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra não há de, não pode ficar sem frutos. -- A Ciência do Bom Viver, 143, 144. ------------------------Capítulo 78 -- A escola missionária da cidade OE 364 1 De importância igual às conferências públicas é o trabalho de casa em casa nos lares do povo. Nas cidades grandes há certas classes que não podem ser alcançadas pelas reuniões públicas. Essas têm de ser procuradas como o pastor procura suas ovelhas perdidas. Esforço diligente e pessoal tem de ser envidado em seu favor. Quando é negligenciado o trabalho pessoal, perdem-se muitas preciosas oportunidades, as quais, se fossem aproveitadas, fariam avançar a obra decididamente. OE 364 2 Em resultado da apresentação da verdade em congregações grandes, desperta-se um espírito de indagação, e é especialmente importante que esse interesse seja seguido por trabalho pessoal. Os que desejam investigar a verdade, precisam ser ensinados a estudar diligentemente a Palavra de Deus. Alguém terá de ajudá-los a edificar sobre um fundamento firme. Neste tempo crítico de sua experiência religiosa, quão importante é que obreiros bíblicos, sabiamente dirigidos, venham ao seu auxílio, e lhes abram ao entendimento o tesouro da Palavra de Deus! OE 364 3 Um trabalho bem equilibrado, melhor pode ser levado a efeito quando se acha em funcionamento uma escola para preparo de obreiros bíblicos. Enquanto se estão realizando reuniões públicas, deveria haver, ligados à escola ou missão de cidade [estas missões de cidade são centros de trabalho estabelecidos nas grandes cidades, em favor dos decaídos e indigentes] experientes obreiros de profunda compreensão espiritual, que possam dar instruções diárias aos obreiros bíblicos, e que possam também unir-se de todo o coração às conferências públicas que se realizam. E à medida que homens e mulheres se convertam à verdade, os que estão na chefia da missão citadina deveriam com muita oração mostrar a esses novos conversos como experimentar o poder da verdade em seu coração. Tal missão, sendo sabiamente dirigida, será uma luz brilhando num lugar escuro. OE 365 1 As missões são essenciais, como fundamento do trabalho missionário em nossas cidades; não seja, porém, nunca esquecido, que seus dirigentes têm de ser vigilantes em todos os pontos, para que tudo seja feito para a honra de Deus. Os moços e moças têm de receber, nessas missões, um preparo que os habilite a trabalhar para o Mestre. Mas, se eles não possuírem firmeza de caráter e espírito de consagração, todo esforço para os tornar aptos para a obra será um fracasso. Sem que possuam uma alta intuição do que é conveniente, da sobriedade, da santidade da verdade e do exaltado caráter da obra, eles não podem ser bem-sucedidos. O mesmo se dá quanto aos obreiros mais velhos. A menos que sejam santificados pela verdade, não podem dar aos que se acham sob sua direção uma educação que os eleve, enobreça e refine. OE 365 2 Nossas missões devem ser mantidas livres de todas as práticas errôneas, de toda vulgaridade, todo desleixo. Tudo que com elas se relaciona se deve achar acima de censura. Todos os que têm nelas alguma parte a desempenhar, devem ser um exemplo para os crentes. É necessário que se empreguem muitos momentos em oração particular, em comunhão com Deus. Somente assim se podem alcançar vitórias. Todos os arranjos da missão devem ser de molde a proteger a alma contra a tentação. Toda paixão profana deve ser mantida sob o domínio da razão santificada, mediante a graça abundantemente concedida por Deus. OE 365 3 Quando um homem que é reputado como digno de ocupar uma posição de confiança em uma de nossas instituições ou numa missão trai essa confiança, e se entrega nas mãos de Satanás como instrumento de injustiça, para semear as sementes do mal, ele é um traidor da pior espécie. De um espírito assim infeccionado e poluído, recebe muitas vezes a mocidade os impuros pensamentos que conduzem a uma vida de vergonha e contaminação. OE 366 1 Os homens e mulheres que se acham à testa de uma missão, necessitam de íntima ligação com Deus, a fim de se conservarem puros, e saberem dirigir criteriosamente a mocidade, de modo que os pensamentos de todos sejam impolutos e sãos. Sejam as lições dadas de caráter elevado, enobrecedor, para que a mente se encha de pensamentos puros e semelhantes aos de Cristo. "Qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro." 1 João 3:3. Como Deus é puro em Sua esfera, assim o homem deve ser na sua. E será puro, se Cristo, a esperança da glória, habitar no interior; pois ele imitará a vida de Cristo e refletirá Seu caráter. OE 366 2 Quando se estabelece uma missão numa cidade, nosso povo deve tomar nela interesse, mostrando o mesmo de maneira prática, palpável. Os obreiros da missão trabalham arduamente, sacrificando-se, e não recebem grandes salários. Não pense o nosso povo que a direção de missões na cidade é uma tarefa simples, ou lucrativa. Muitas vezes elas são levadas avante sem recursos aparentes, por homens e mulheres que, dia a dia, suplicam a Deus que lhes envie meios com que levar avante a obra. ------------------------Capítulo 79 -- Exatidão OE 367 1 Solene responsabilidade repousa sobre os ministros de Cristo quanto a fazerem sua obra com exatidão. Cumpre-lhes guiar os jovens discípulos sábia e judiciosamente, passo a passo, para a frente e para cima, até que lhes hajam sido apresentados todos os pontos essenciais. Coisa alguma deve ser retida. Mas não se devem dar todos os pontos da verdade nas primeiras reuniões. Gradual e cautelosamente, tendo o próprio coração possuído do Espírito de Deus, deve o mestre proporcionar a seus ouvintes alimento a seu tempo. OE 367 2 Os ministros não devem sentir que sua obra está completa, enquanto os que aceitaram a teoria da verdade não compreenderem realmente a influência de seu poder santificador, e se acharem deveras convertidos. Quando a Palavra de Deus, como uma aguda espada de dois gumes, penetra o coração e desperta a consciência, muitos pensam que isto é bastante; o trabalho, porém, apenas começou. Fizeram-se boas impressões, mas a menos que elas sejam aprofundadas mediante esforços cuidadosos, corroborados pela oração, Satanás as anulará. Não fiquem os obreiros satisfeitos com o que foi conseguido. O arado da verdade deve sulcar mais fundo, o que certamente acontecerá, se forem feitos esforços completos para dirigir os pensamentos e estabelecer as convicções dos que estão estudando a verdade. OE 367 3 Muitas vezes o trabalho é deixado incompleto, e em muitos desses casos, não produz resultado. Por vezes, depois de um grupo de pessoas haver aceitado a verdade, o ministro pensa que deve seguir imediatamente para novo campo; e às vezes, sem a devida investigação recebe autorização para partir. Isso é um erro; deve terminar o trabalho começado, pois, deixando-o incompleto, faz-se mais mal do que bem. Campo algum é tão pouco prometedor como aquele que foi cultivado o suficiente para dar ao joio um mais luxuriante desenvolvimento. Por esse método muitas almas têm sido abandonadas a serem esbofeteadas por Satanás e à oposição de membros de outras igrejas que rejeitaram a verdade; e muitos são impelidos até a um ponto onde nunca mais poderão ser alcançados. É melhor que o ministro não se meta na obra, a não ser que ele possa completar inteiramente o trabalho. OE 368 1 Deve-se gravar em todo recém-converso a verdade de que todo conhecimento permanente só se pode obter mediante diligente labor e estudo perseverante. Em regra, os que se convertem à verdade que pregamos não foram anteriormente diligentes estudantes das Escrituras; pois nas igrejas populares há pouco estudo real da Palavra de Deus. O povo espera que os ministros investiguem as Escrituras por eles, e expliquem o que ensinam. OE 368 2 Muitos aceitam a verdade sem cavar fundo para entender seus princípios básicos; e, ao ser ela atacada, esquecem os argumentos e provas que as fundamentam. Foram levados a crer na verdade, mas não foram instruídos plenamente quanto ao que ela seja, ou guiados ponto por ponto no conhecimento de Cristo. Muitas vezes sua piedade degenera numa forma e, quando já não se fazem sentir os apelos que primeiramente os despertaram, tornam-se espiritualmente mortos. A menos que aqueles que recebem a verdade sejam inteiramente convertidos, a não ser que haja uma mudança radical na vida e no caráter, a não ser que a alma se ache firmada na Rocha eterna, eles não subsistirão à prova. Depois que o ministro parte, e desaparece a novidade, a verdade perde o poder de sedução, e eles não exercem uma influência mais santificadora do que anteriormente. OE 369 1 A obra de Deus não deve ser malfeita ou realizada relaxadamente. Quando um ministro entra num campo, deve trabalhá-lo completamente. Ele não deve ficar satisfeito com seu êxito, enquanto não puder, mediante diligente labor e a bênção do Céu, apresentar ao Senhor conversos que possuam um genuíno sentimento de sua responsabilidade, e que farão a obra que lhes é designada. Se Ele instruiu devidamente os que se acham sob seu cuidado, ao partir para outros campos de trabalho, a obra não se desfará; estará tão firmemente estabelecida, que ficará segura. OE 369 2 O ministro não é sancionado em limitar sua obra ao púlpito, deixando os ouvintes sem seu auxílio pessoal. Ele deve procurar entender a natureza das dificuldades que há no espírito das pessoas. Deve conversar e orar com os que se acham interessados, dando-lhes sábia instrução, a fim de que possa apresentar "todo o homem perfeito em Jesus Cristo". Colossences 1:28. Seu ensino da Bíblia deve possuir uma positividade e força que levem convicção à consciência. O povo conhece tão pouco da Bíblia, que se devem dar lições práticas, definidas, quanto à natureza do pecado, e ao seu remédio. OE 369 3 O obreiro nunca deve deixar parte do trabalho por fazer, porque esta lhe não agrade, pensando que o ministro que vier depois a fará por ele. Quando assim acontece, se vem um segundo ministro, e apresenta as exigências de Deus quanto a Seu povo, alguns voltam atrás, dizendo: "O ministro que nos trouxe a verdade, não mencionou essas coisas." E se escandalizam com a palavra. Alguns recusam aceitar o sistema do dízimo; afastam-se, e não se unem mais com os que crêem na verdade e a amam. Quando outros pontos lhes são expostos, dizem: "Não nos foi ensinado assim", e hesitam em avançar. Quanto melhor teria sido se o primeiro mensageiro da verdade houvesse educado fiel e cabalmente esses conversos quanto a todos os assuntos essenciais, mesmo que poucos se houvessem unido à igreja pelo seu trabalho. Deus ficaria mais satisfeito com seis pessoas inteiramente convertidas à verdade, do que com sessenta fazendo profissão de fé, mas não estando de fato convertidas. OE 370 1 É parte da obra do ministro ensinar os que aceitam a verdade mediante seus esforços, a trazerem os dízimos ao tesouro, como testemunho de que reconhecem sua dependência de Deus. Os recém-conversos devem ser plenamente esclarecidos com relação ao seu dever de devolver ao Senhor o que Lhe pertence. O mandamento de pagar o dízimo é tão claro, que não há sombra de desculpa para desatendê-lo. Aquele que negligencia dar instruções a esse respeito, deixa por fazer uma parte importantíssima de sua obra. OE 370 2 Os ministros devem procurar também impressionar o povo com respeito à importância de tomarem outras responsabilidades em relação à obra de Deus. Ninguém é isento da obra de liberalidade. Deve-se ensinar ao povo que cada departamento da causa de Deus lhes deve merecer o apoio e atrair o interesse. O grande campo missionário acha-se aberto diante de nós, e esse assunto deve ser agitado, agitado, uma e outra vez. Deve-se fazer o povo compreender que não serão os ouvintes, mas os obradores da Palavra, os que hão de alcançar a vida eterna. E é mister que se lhes ensine também que os que se tornam participantes da graça de Cristo, não somente devem partilhar seus recursos para o avançamento da verdade, mas cumpre-lhes entregar-se também, sem reservas, a Deus. OE 371 1 Alguns ministros são facilmente distraídos de sua obra. Ficam desanimados, ou são afastados pelos laços de família, e deixam um interesse crescente extinguir-se por falta de atenção. Mal se pode calcular o prejuízo sofrido pela causa por essa forma. Quando se realiza uma série de reuniões para proclamar a verdade, o ministro encarregado das mesmas deve sentir-se responsável quanto a levar esse trabalho fielmente avante. Se seus esforços parecem não dar resultado, ele deve, com oração fervorosa, descobrir se esses esforços são o que deviam ser. Cumpre-lhe humilhar sua alma perante Deus, num exame interior e, pela fé, ater-se às promessas divinas, continuando humildemente seus esforços, até sentir-se satisfeito de haver cumprido fielmente seu dever, e feito tudo ao seu alcance para obter o desejado resultado. OE 371 2 Deus não aceita o mais esplêndido serviço, a não ser que o próprio eu haja sido colocado sobre o altar em sacrifício vivo, a consumir-se. A raiz deve ser santa, do contrário não pode haver fruto são, saudável, o qual, somente, pode ser aceito por Deus. ... Enquanto as ambições mundanas, os mundanos projetos e os mais altos planos e desígnio dos homens hão de perecer como a erva, "os entendidos" "resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente". Daniel 12:3. -- Testimonies for the Church 7:248, 249. ------------------------Capítulo 80 -- Fazer face à oposição OE 372 1 Nossos ministros e professores têm de representar o amor de Deus para com o mundo caído. Que a palavra da verdade seja proferida com o coração abrandado pela ternura. Os que se acham em erro sejam tratados com a benignidade de Cristo. Se aqueles por quem trabalhais não apanham imediatamente a verdade, não censureis, não critiqueis nem condeneis. Lembrai-vos de que tendes de representar a Cristo em Sua mansidão, benignidade e amor. OE 372 2 Devemos esperar incredulidade e oposição. A verdade tem tido sempre de lutar com esses elementos. Mas, embora tenhais de fazer face à mais intensa oposição, não acuseis vossos adversários. Eles podem pensar, como fez Paulo, que estão prestando um serviço a Deus; e com tais pessoas devemos manifestar paciência, mansidão e longanimidade. OE 372 3 Não sintamos que temos duras provas a sofrer, sérias lutas a suportar na apresentação de uma verdade impopular. Pensai em Jesus e no que Ele sofreu por vós, e calai-vos. Mesmo quando maltratados e falsamente acusados, não vos queixeis; não profirais palavras de murmuração; não deis lugar em vosso espírito a pensamentos de censura ou descontentamento. Prossegui em linha reta, "tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem". 1 Pedro 2:12. ... OE 372 4 Deveis conduzir-vos com mansidão para com os que se acham em erro; pois não vos encontráveis vós mesmos, havia pouco, cegos em vossos pecados? E não devíeis, em face da paciência de Cristo para convosco, ser brandos e pacientes para com os outros? Deus nos tem dado muitas advertências para manifestarmos grande bondade para com os que se nos opõem, não seja que influenciemos uma alma em direção errônea. OE 373 1 Nossa vida tem de estar escondida com Cristo em Deus. Precisamos conhecer a Cristo individualmente. Só então poderemos representá-Lo devidamente perante o mundo. Fazei ascender constantemente a prece: "Senhor, ensina-me a agir sempre como Jesus o faria em meu lugar." Onde quer que estejamos, devemos fazer brilhar a nossa luz para glória de Deus em boas obras. Este é o grande, importante interesse de nossa vida. Sabedoria em condenar o erro OE 373 2 O Senhor deseja que Seu povo siga outros métodos que não os que levam a condenar o erro, mesmo que a condenação seja justa. Ele quer que façamos alguma coisa mais do que atirar a nossos adversários, acusações que só servem para mais os afastar da verdade. A obra que Cristo veio fazer em nosso mundo, não foi erguer barreiras, nem lançar constantemente em rosto ao povo o fato de que se acham em erro. Aquele que espera esclarecer um povo iludido, deve-se aproximar dele, e por ele trabalhar com amor. Essa pessoa deve tornar-se um centro de santa influência. OE 373 3 Na defesa da verdade, devem-se tratar os mais acerbos adversários com respeito e deferência. Alguns não hão de corresponder aos nossos esforços, mas menosprezarão o convite do evangelho. Outros, mesmo os que supomos haverem passado dos limites da misericórdia de Deus, serão ganhos para Cristo. A última obra no conflito, talvez seja a iluminação dos que não rejeitaram a luz e a evidência, mas que se têm encontrado em densas trevas, e, em ignorância, têm trabalhado contra a verdade. Portanto, tratai a todo homem como sendo sincero. Não pronuncieis uma palavra, nem pratiqueis uma ação que venha a confirmar alguém na incredulidade. OE 374 1 Se alguém procurar arrastar os obreiros para discussões ou debates sobre política ou outras questões, não deis atenção, seja à persuasão, seja ao desafio. Levai avante a obra de Deus com firmeza e vigor, mas, na mansidão de Cristo, e tão sossegadamente quanto possível. Nenhuma jactância humana se faça ouvir. Não se faça notar nenhum indício de presunção. Seja manifesto que Deus nos chamou para lidar com sagradas verdades; pregai a palavra, sede diligentes, sinceros, fervorosos. OE 374 2 A influência de vosso ensino seria dez vezes maior, se tivésseis cuidado com as vossas palavras. As palavras que deviam ser um cheiro de vida para vida, podem, em virtude do espírito que as acompanha, tornar-se um cheiro de morte para morte. E, lembrai-vos de que, se por vosso espírito ou vossas palavras, cerrais a porta a uma alma que seja, essa alma vos há de enfrentar no juízo. OE 374 3 Quando vos referis aos Testemunhos, não julgueis ser vosso dever fazê-lo de maneira autoritária. Ao lê-los, assegurai-vos de não introduzir aí expressões vossas; pois isso tornaria impossível aos ouvintes distinguir entre a palavra do Senhor a eles dirigida, e as vossas. Tende cautela em não tornar ofensiva a palavra do Senhor. OE 374 4 Almejamos ver reformas; e porque não vemos aquilo que desejamos, permitimos muitas vezes que um mau espírito deite gotas de fel em nosso cálice, e assim outros sejam amargurados. Em razão de nossas mal-avisadas palavras, seu espírito se irrita, e são levados à rebelião. OE 375 1 Todo sermão que pregais, todo artigo que escreveis, pode ser inteiramente verdadeiro; uma gota de fel que aí se encontre, porém, será veneno para o ouvinte ou o leitor. Por causa dessa gota de veneno, alguém irá rejeitar toda as vossas boas e aceitáveis palavras. Outro acolhe o veneno; pois gosta de palavras assim duras. Segue o vosso exemplo, e fala da mesma maneira em que falais. E assim se multiplica o mal. OE 375 2 Aqueles que apresentam os eternos princípios da verdade, necessitam do santo óleo transvazado dos ramos das duas oliveiras para o coração. Esse óleo emanará em palavras que transformarão, sem exasperar. A verdade deve ser dita com amor. Então, o Senhor Jesus, por Seu Espírito, proporcionará a força e o poder. Essa é a Sua obra. -- Testimonies for the Church 6:120-123. Como lidar com as objeções OE 375 3 O tempo e as energias podem ser mais bem empregados do que em deter-se longamente com os argumentos capciosos de nossos adversários, que manejam a difamação e a falsidade. Enquanto se perde tempo precioso em seguir as voltas e desvios de oponentes desleais, o povo cujo espírito se acha aberto à convicção vai perecendo por falta de conhecimento. Uma série de absurdas questiúnculas, de diabólica invenção, apresenta-se ao espírito, ao passo que o povo clama por alimento -- por alimento a seu tempo. OE 375 4 Isso faz com que os que têm exercitado a mente em guerrear a verdade fabriquem argumentos. E não é sábio de nossa parte aceitá-las de suas mãos, e passá-las a milhares que nunca nelas haveriam de pensar, caso as não houvéssemos publicado. OE 376 1 Nosso plano de ensino, deve ser o de Cristo. Ele era claro e simples, atacando diretamente a raiz da questão, e o espírito de todos era atingido. Não é o melhor método ser tão explícito, e dizer sobre um ponto tudo quanto se pode dizer, quando alguns argumentos abrangerão o assunto, sendo suficientes, para todos os fins práticos, para convencer e reduzir a silêncio o adversário. OE 376 2 Podereis hoje remover todos os pontos de apoio, tapando a boca dos contraditores de maneira que nada mais possam dizer, e amanhã eles percorrerão o mesmo terreno outra vez. Assim acontecerá sempre e sempre, porque eles não amam a verdade, e não virão para a luz, para que as trevas e os erros não sejam deles afastados. OE 376 3 O ministério de Cristo durou apenas três anos, mas uma grande obra foi feita nesse breve período. Nestes últimos dias, há uma obra vasta a ser feita dentro de pouco tempo. Enquanto muitos se estão preparando para fazer qualquer coisa, almas hão de perecer por falta de luz e conhecimento. OE 376 4 Se homens empenhados em apresentar e defender a verdade bíblica empreendem investigar e mostrar a falácia e incoerência dos homens que, insinceramente, transformam a verdade de Deus em mentira, Satanás há de levantar adversários suficientes para lhes manter a pena constantemente ocupada, enquanto outros ramos da obra terão de sofrer. Devemos possuir mais do espírito daqueles homens que estavam reedificando os muros de Jerusalém. Estamos fazendo uma grande obra, e não podemos descer. Se Satanás for capaz de manter homens ocupados em responder às objeções dos oponentes, impedindo-os assim, de realizar a mais importante obra para o tempo atual, seu objetivo será atingido. ------------------------Capítulo 81 -- Não se devem buscar discussões OE 377 1 Os jovens ministros devem evitar discussões, pois essas não acrescentam a espiritualidade, nem a humildade de espírito. Em alguns casos, talvez seja necessário enfrentar um orgulhoso fanfarrão contra a verdade de Deus, num debate franco; geralmente, porém, essas discussões, sejam orais, sejam escritas, dão em resultado mais dano do que bem. Depois de uma discussão, repousa sobre o ministro uma responsabilidade maior quanto a manter o interesse. Ele deve achar-se em guarda com a reação que é suscetível de ocorrer após uma excitação religiosa, e não ceder ao desânimo. ... OE 377 2 Em geral, o efeito das discussões sobre nossos ministros é torná-los presunçosos, elevados em sua própria estima. Isso não é tudo. Os que gostam de debates não são aptos para servir como pastores do rebanho. Exercitaram a mente em enfrentar adversários, em dizer sarcasmos; e não podem descer até aos corações doridos e necessitados de conforto. ... OE 377 3 Na apresentação de uma verdade impopular, o que importa em pesada cruz, os pregadores devem ter cuidado de que cada palavra seja segundo a vontade de Deus. Suas palavras nunca devem ser cortantes. Devem apresentar a verdade com humildade, com o mais profundo amor pelas almas, e um sincero desejo quanto à salvação delas, deixando que a verdade penetre. -- Testimonies for the Church 3:213-218. OE 377 4 Nem sempre se podem evitar discussões.... As pessoas que gostam de ver adversários em combate, talvez clamem por elas. Outros, que têm o desejo de ouvir as provas de ambos os lados, podem incitar discussões com os mais sinceros motivos; mas sempre que elas forem evitáveis, evitem-se. Elas fortalecem, em regra, a combatividade, e enfraquecem aquele amor puro e aquela sagrada simpatia que sempre se devem achar no coração dos cristãos, muito embora divirjam de opinião. OE 378 1 Nesta época em que vivemos, o solicitarem-se discussões não é prova real de sincero desejo da parte do povo de investigar a verdade, mas provém do amor da novidade e da excitação que em geral acompanha as discussões. Raramente Deus é glorificado ou a verdade impulsionada nesses debates. A verdade é demasiado solene, demasiado importante em seus resultados, para que seja coisa de pouca monta, o ser ela recebida ou rejeitada. Discutir a verdade por amor de mostrar aos adversários a habilidade dos combatentes, é sempre lamentável método; pois isso bem pouco realiza quanto ao avançamento da verdade. OE 378 2 Os oponentes da verdade mostrarão habilidade em apresentar falsamente a posição dos defensores da mesma.... Em regra, eles escarnecem da verdade sagrada, apresentando-a ao público em um tão falso aspecto, que espíritos obscurecidos pelo erro e poluídos pelo pecado, não discernem os motivos e propósitos desses maquinadores em assim encobrir e falsificar importantes verdades. Em virtude dos homens que nelas se empenham, poucas são as discussões que se podem realizar sobre base sã. Dão-se freqüentemente agudos golpes, permitem-se ataques pessoais, e muitas vezes ambas as partes descem ao sarcasmo e ao humorismo. O amor das almas perde-se em face de um desejo maior -- o da supremacia. Profundo e amargo preconceito, eis tantas vezes o resultado.... OE 379 1 Muitos procuram as trevas de preferência à luz, porque suas ações são más. Muitos há, porém, que se a verdade lhes houvesse sido apresentada de maneira diversa, sob outras circunstâncias, dando-lhes uma favorável oportunidade de pesar os argumentos por si mesmos, e comparar texto com texto, teriam ficado encantados com sua clareza, e se apegado a ela. OE 379 2 Tem sido muito imprudente da parte de nossos ministros publicarem ao mundo os astutos sofismas do erro, arranjados por homens mal-intencionados para encobrir e anular os efeitos da solene e santa verdade de Jeová. Esses homens astutos, que armam ciladas para enganar os incautos, dedicam suas energias intelectuais a perverter a Palavra de Deus. Os inexperientes e incautos são iludidos, para ruína sua. Tem sido um grande erro publicar todos os argumentos com que os oponentes combatem a verdade de Deus; pois assim fazendo, espíritos de todas as classes são providos de argumentos em que muitos deles nunca haviam pensado. Alguém terá de prestar contas por essa direção falta de sabedoria. OE 379 3 Os argumentos contra a sagrada verdade, sutis em sua influência, afetam a espíritos que não estão bem informados quanto à força da mesma. A sensibilidade moral da coletividade em geral, acha-se embotada pela familiaridade com o pecado. O egoísmo, a desonestidade e os vários pecados que predominam nesta época degenerada, têm adormecido os sentidos para as coisas eternas, de maneira que não discernem a verdade de Deus. Ao dar publicidade aos errôneos argumentos de nossos adversários, a verdade e o erro são postos ao mesmo nível, no espírito do povo, ao passo que, se pudessem ter diante de si a verdade em sua clareza, com tempo suficiente para verem e avaliarem sua santidade e importância, ficariam convencidos dos fortes argumentos em seu favor, e estariam então preparados para enfrentar os argumentos sobre que seus oponentes insistem. OE 380 1 Os que estão buscando conhecer a verdade e compreender a vontade de Deus, que são fiéis à luz, e zelosos no cumprimento de seus deveres diários, hão de certamente conhecer a doutrina; pois serão guiados em toda a verdade. -- Testimonies for the Church 3:424-427. OE 380 2 Sempre que for necessário para o avançamento da causa da verdade e para a glória de Deus, que se enfrente um adversário, quão cautelosamente, e com que humildade deverão eles [os advogados da verdade] entrar no conflito! Com exame interior, confissão de pecado e sincera oração, e muitas vezes jejuando por algum tempo, devem eles suplicar que Deus lhes dê especial auxílio, concedendo à Sua salvadora e preciosa verdade uma vitória gloriosa, para que o erro se possa mostrar em sua verdadeira deformidade, e seus defensores sejam completamente derrotados.... OE 380 3 Nunca deveis entrar num debate em que tanto se acha em jogo, fiando-vos em vossa habilidade no manejo de poderosos argumentos. Se não é razoavelmente possível evitá-lo, tomai parte na polêmica, mas fazei-o com firme confiança em Deus, e em espírito de humildade, no espírito de Jesus, que vos pediu que aprendêsseis dEle, que é manso e humilde de coração. -- Testimonies for the Church 1:624-626. ------------------------Capítulo 82 -- Métodos deficientes OE 381 1 Há muitos homens de espírito bom, inteligentes relativamente às Escrituras, cuja utilidade é grandemente prejudicada por seus métodos deficientes de trabalho. Alguns dos que se empenham na obra de salvar almas, deixam de obter os melhores resultados, porque não executam cabalmente a obra que iniciaram com muito entusiasmo. Outros se apegam tenazmente a idéias preconcebidas, dando-lhes preeminência, deixando por isso de conformar seus ensinos com as necessidades reais do povo. Muitos não compreendem a necessidade de se adaptarem às circunstâncias, e ir ao encontro do povo. Não se identificam com aqueles a quem desejam auxiliar em atingir a norma bíblica do cristianismo. Alguns deixam de ter êxito, porque confiam unicamente no poder do argumento, e não clamam sinceramente a Deus em busca de Sua sabedoria para dirigi-los, e de Sua graça para lhes santificar os esforços. OE 381 2 Os ministros devem ter cuidado em não exigir demasiado dos que se encontram ainda às apalpadelas nas trevas do erro. Devem fazer bem o seu trabalho, confiando em que Deus comunicará aos espíritos investigadores a misteriosa e vivificante influência do Seu Santo Espírito, sabendo que, sem isso, seus labores são infrutíferos. Cumpre-lhes ser pacientes e sábios no lidar com o espírito das pessoas, lembrando-se de quão múltiplas são as circunstâncias que têm desenvolvido tais traços de caráter nos indivíduos. Devem-se guardar estritamente, também para que o eu não tome a supremacia, e Jesus seja deixado à margem da questão. OE 382 1 Alguns ministros deixam de ter êxito, porque não consagram inteiramente seu interesse à obra, quando muito depende de um esforço persistente e bem dirigido. Não são verdadeiros obreiros; não prosseguem em sua obra fora do púlpito. Eles faltam ao dever de ir de casa em casa, e trabalhar sabiamente no círculo da família. Necessitam de cultivar aquela rara cortesia cristã que os tornaria bondosos e cheios de consideração para com as almas ao seu cuidado, trabalhando por elas em verdadeira sinceridade e fé, ensinando-lhes o caminho da vida. OE 382 2 Há no ministério homens que obtêm aparente êxito dominando os espíritos por meio de influência humana. Eles jogam à vontade com as emoções, fazendo os ouvintes chorar, e dentro de alguns minutos rir. Com um trabalho desta espécie, muitos são, por impulso, levados a professar a Cristo, e supõe-se haver um maravilhoso reavivamento; mas, ao sobrevir a prova, o trabalho não perdura. Os sentimentos são excitados, e muitos são levados com a onda que parece dirigir-se para o Céu; mas, na forte corrente da tentação, volvem atrás, como um galho flutuante. O obreiro se engana a si mesmo, e extravia seus ouvintes. OE 382 3 Os ministros se devem acautelar para não impedir os desígnios de Deus com planos próprios. Muitos se acham em perigo de amesquinhar a obra de Deus, e limitá-la a certas localidades, e não cultivar especial interesse pela causa em todos os seus vários departamentos. OE 383 1 Alguns há, que concentram a mente sobre um assunto, com exclusão de outros que podem ser de igual importância. São homens de uma única idéia. Toda a energia de seu ser se concentra sobre o assunto em que a mente é exercitada no momento. Esse tema favorito é a sua preocupação, seja pensando, seja a palestrar. Todas as outras considerações se perdem de vista. Toda a prova que se relaciona com aquele assunto, é ansiosamente apreendida, sendo considerada por tanto tempo, que as mentes se fatigam em segui-la. OE 383 2 Alguns ministros cometem o erro de pensar que o sucesso depende de arrastar uma grande congregação pelo aparato exterior, anunciando depois a mensagem da verdade em estilo teatral. Isso, porém, é empregar fogo comum, em lugar de fogo sagrado ateado por Deus. O Senhor não é glorificado por essa maneira de trabalhar. Não por meio de notícias sensacionais e dispendiosas exibições, há de Sua obra ser levada a cabo, mas seguindo os métodos de Cristo. "Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 4:6. É a verdade nua que, qual espada aguda de dois gumes, corta de ambos os lados, despertando para a vida espiritual os que se acham mortos em ofensas e pecados. Os homens hão de reconhecer o evangelho, quando este lhes for apresentado em harmonia com os desígnios de Deus. ------------------------Capítulo 83 -- A obra da temperança OE 384 1 De todos quantos se pretendem contar entre os amigos da temperança, os adventistas do sétimo dia devem-se achar na primeira linha. Por muitos anos tem brilhado em nossa estrada uma torrente de luz quanto aos princípios da verdadeira reforma, e somos responsáveis diante de Deus por fazer essa luz resplandecer para os outros. Anos atrás considerávamos a difusão dos princípios de temperança como um de nossos mais importantes deveres. Assim deve ser hoje em dia. Nossas escolas e sanatórios têm de revelar o poder da graça de Cristo para transformar o ser todo -- corpo, alma e espírito. Nossos sanatórios e outras instituições educativas, devem ser centros de luz e bênção na causa de toda verdadeira reforma. OE 384 2 Devemos, nestes dias, manifestar decidido interesse na obra da União de Temperança das Mulheres Cristãs. Ninguém que professe ter um lugar na obra de Deus, deve perder o interesse no grande assunto dessa organização de temperança. Seria uma boa coisa se pudéssemos, em nossas reuniões gerais, convidar os membros da U.T.M.C. para tomar parte em nossos exercícios religiosos. Isso os ajudaria a se familiarizar com as razões de nossa fé, e abrir o caminho para nós nos unirmos com eles na obra em favor da temperança. Se assim fizermos, havemos de ver que a questão da temperança tem maior significação do que muitos de nós temos suposto. OE 384 3 As obreiras da U.T.M.C. se acham, a alguns respeitos, muito mais adiantadas que nossos dirigentes. O Senhor tem naquela organização almas preciosas, que nos podem ser de grande auxílio em nossos esforços para levar avante o movimento da temperança. E a educação que nosso povo tem tido na verdade bíblica, e no conhecimento das exigências da lei de Jeová, há de habilitar nossas irmãs a comunicar a essas nobres defensoras da temperança aquilo que, espiritualmente, lhes fará bem. Assim se estabelecerá união e simpatia, onde, no passado, existiu por vezes preconceito e desinteligência. Tenho-me surpreendido ao ver a indiferença de alguns de nossos dirigentes para com essa organização. Não podemos fazer uma obra melhor do que unir nossos esforços, tanto quanto nos seja possível fazê-lo sem transigências, com as obreiras da U.T.M.C. OE 385 1 Temos a fazer, no sentido da temperança, uma obra que vai além de falar em público. Precisamos apresentar nossos princípios em folhetos e em nossas revistas. Cumpre-nos empregar todos os meios possíveis para despertar nosso povo para o cumprimento de seu dever de se pôr em contato com os que não conhecem a verdade. O êxito que temos tido na obra missionária, tem sido inteiramente proporcional à abnegação, ao sacrifício dos esforços que temos feito. Só o Senhor sabe quanto poderíamos ter realizado se, como um povo, nos tivéssemos humilhado perante Ele, e proclamado a verdade da temperança de maneira clara e positiva.... Um bom emprego dos dons da providência OE 385 2 Nosso Criador tem outorgado liberalmente ao homem Suas mercês. Fossem todos esses dons da Providência empregados sábia e moderadamente, e a pobreza, a enfermidade e a aflição seriam quase banidas da Terra. Mas ai! vemos por toda parte as bênçãos de Deus transformadas em maldição pela impiedade dos homens. OE 386 1 Não há classe culpada de maior perversão e abuso de Seus preciosos dons, do que os que empregam os produtos do solo na fabricação de bebidas intoxicantes. Os nutritivos cereais, os frutos saudáveis e deliciosos, são convertidos em beberagens que pervertem os sentidos e enlouquecem o cérebro. Em resultado do uso desses venenos, milhares de famílias se acham privadas dos confortos, e mesmo das necessidades da vida, multiplicam-se os atos de violência e de crime, e a moléstia e a morte levam apressadamente milhares e milhares de vítimas para a sepultura, em conseqüência da embriaguez. OE 386 2 Essa obra de destruição é levada avante, sob a proteção das leis da Terra! Por um miserável lucro, os homens têm permissão de fornecer a seus semelhantes as poções que os vão privar de tudo quanto torna esta vida desejável, e de toda esperança quanto à vida por vir. Nem o legislador nem o negociante de bebidas intoxicantes ignoram o resultado de sua obra. Nos bares dos hotéis, nos lugares em que se bebe cerveja, nos salões de jogo, o escravo do apetite despende seus recursos naquilo que destrói a razão, a saúde, a felicidade. O vendedor de bebidas enche o cofre com o dinheiro que devia proporcionar alimento e roupa à família do pobre ébrio. OE 386 3 Esta é a pior espécie de roubo. Todavia homens que ocupam altas posições na sociedade e na igreja prestam seu apoio às leis que isso permitem! ... Assim se corrompe a sociedade, enchem-se os hospícios e as prisões de indigentes e criminosos, e preparam-se vítimas às forcas. O mal não finda com o ébrio e sua infeliz família. Acresce-se a carga de impostos, a moral da juventude periclita, acha-se em risco a propriedade e mesmo a vida de cada membro da sociedade. Mas o quadro nunca poderá ser apresentado bastante vividamente; fica sempre aquém da realidade. Nenhuma pena humana pode descrever plenamente os horrores da intemperança.... A causa da paralisia moral OE 387 1 Como podem homens e mulheres cristãos tolerar esse mal?... Há uma causa para a paralisia moral da sociedade. Nossas leis apóiam um mal que lhes está minando a própria base. Muitos lamentam o mal que sabem existir, mas se consideram livres de qualquer responsabilidade no assunto. Isso não pode ser. Todo indivíduo exerce uma influência na sociedade. Em nossa terra favorecida, todo eleitor tem de certo modo voz em decidir que espécie de leis hão de reger a nação. Não deviam sua influência e voto ser postos do lado da temperança e da virtude?... OE 387 2 Podemos apelar para os amigos da temperança, a fim de que promovam a união para o conflito, e para procurar impedir a onda do mal que está desmoralizando o mundo; mas de que valem todos os nossos esforços, enquanto os negociantes de bebidas alcoólicas forem apoiados por lei? Deverá a maldição da intemperança permanecer para sempre como uma mancha sobre nossa terra? Há de ela assolar todos os anos, qual fogo devorador, milhares de lares felizes? OE 387 3 Falamos nos resultados, trememos em face deles, e cogitamos no que poderemos fazer com esses terríveis resultados, ao passo que, muitas vezes, toleramos, e até sancionamos a causa dos mesmos. Os defensores da temperança deixam de cumprir todo o seu dever, a menos que exerçam sua influência, pela palavra e pelo exemplo -- palavra, pena e voto -- em favor da proibição e abstinência total. É escusado pensar que Deus opere um milagre para efetuar essa reforma, afastando assim a necessidade de esforço de nossa parte. Nós mesmos precisamos de agarrar-nos com esse gigante inimigo, tendo como divisa: Não transigir, nem cessar nossos esforços até que a vitória seja alcançada.... OE 388 1 Que se pode fazer para deter a avolumante onda do mal? Façam-se e imponham-se rigorosamente leis proibindo a venda e o uso de bebidas alcoólicas. Façam-se todos os esforços para estimular os ébrios a voltarem à temperança e à virtude. Mais do que isto, porém, é necessário para banir de nossa terra a maldição da embriaguez. Extinga-se o apetite pelas bebidas intoxicantes, e está então findo o seu uso, e comércio. Esta obra compete em grande parte aos pais. Dêem eles, por uma estrita temperança pessoal, o devido cunho de caráter a seus filhos, educando-os então, no temor de Deus, em hábitos de renúncia e domínio de si mesmos. A mocidade assim exercitada, terá fibra moral para resistir à tentação, e para reger o apetite e a paixão. Ficarão inabaláveis diante da loucura e extravagância que estão corrompendo a sociedade. OE 388 2 A prosperidade de uma nação depende da virtude e inteligência de seus cidadãos. Para garantir essas bênçãos, são indispensáveis hábitos de estrita temperança. A história dos reinos antigos acha-se repleta de lições de advertências para nós. O luxo, a condescendência consigo mesmo e as extravagâncias preparavam o caminho para sua queda. Resta ver se nossa própria república se deixará advertir por seu exemplo, evitando a sorte deles. -- The Review and Herald, 8 de Novembro de 1881. ------------------------Capítulo 84 -- A liberdade religiosa OE 389 1 O princípio pelo qual os discípulos se mantiveram tão destemidamente quando, em resposta à ordem de não falarem mais no nome de Jesus, declararam: "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus" (Atos dos Apóstolos 4:19), é o mesmo que os adeptos do evangelho se esforçaram por manter nos dias da Reforma. Quando, em 1529, os príncipes alemães se reuniram na Dieta de Espira, estava diante deles o decreto do imperador, restringindo a liberdade religiosa, e proibindo toda posterior disseminação das doutrinas reformadas. Dir-se-ia que a esperança do mundo estava prestes a ser esmagada. Aceitariam os príncipes o decreto? Haveria de ser vedada às multidões ainda em trevas, a luz do evangelho? Achavam-se em jogo decisões importantes para o mundo. Os que haviam aceito a fé reformada reuniram-se, sendo sua unânime decisão: "Rejeitemos este decreto. Em questões de consciência, a maioria não influi." -- D'Aubigné: História da Reforma, livro 13, cap. 5. OE 389 2 Este princípio, temos de manter firmemente em nossos dias. A bandeira da verdade e da liberdade religiosa desfraldada pelos fundadores da igreja evangélica e pelas testemunhas de Deus durante os séculos decorridos desde então, foi, neste último conflito, confiada a nossas mãos. A responsabilidade deste grande dom repousa com aqueles a quem Deus abençoou com o conhecimento de Sua Palavra. Temos de receber essa Palavra como autoridade suprema. Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por Deus, e ensinar obediência ao mesmo como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. Um "Assim diz o Senhor", não deve ser posto à margem por um "Assim diz a igreja", ou um "Assim diz o Estado". A coroa de Cristo tem de ser erguida acima dos diademas de potentados terrestres. OE 390 1 Não se nos exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos na conta de proferir coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho. Temos de avançar em nome de Cristo, defendendo as verdades que nos foram confiadas. Se somos proibidos pelos homens de fazer essa obra, podemos então dizer como os apóstolos: "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido." Atos dos Apóstolos 4:19, 20. -- Atos dos Apóstolos, 68, 69. OE 390 2 A pena de Lutero era uma força, e seus escritos, disseminados largamente, agitaram o mundo. Os mesmos instrumentos se acham à nossa disposição, com recursos cem vezes maiores. Bíblias e publicações em muitas línguas, apresentando a verdade para este tempo, acham-se ao nosso alcance, e podem ser rapidamente levadas a todo o mundo. Cumpre-nos dar a última advertência de Deus aos homens; e qual deveria ser nossa diligência no estudo da Bíblia, e nosso zelo em difundir a luz! -- Testimonies for the Church 6:403. ------------------------Capítulo 85 -- Nossa atitude quanto à política OE 391 1 Aos Mestres e Diretores de Nossas Escolas: Aqueles a cujo cargo se acham nossas instituições e escolas, devem-se acautelar diligentemente, não seja que, por suas palavras e sentimentos, levem os alunos por caminhos falsos. Os que ensinam a Bíblia em nossas igrejas e escolas, não se acham na liberdade de se unir aos que manifestam seus preconceitos a favor ou contra homens e medidas políticos, pois assim fazendo, incitam o espírito dos outros, levando cada um a defender suas idéias favoritas. Existem, entre os que professam crer na verdade presente, alguns que serão assim incitados a exprimir seus sentimentos e suas preferências políticas, de maneira que se introduzirá na igreja a divisão. OE 391 2 O Senhor quer que Seu povo enterre as questões políticas. Sobre esses assuntos, o silêncio é eloqüência. Cristo convida Seus seguidores a chegarem à unidade nos puros princípios evangélicos que são positivamente revelados na Palavra de Deus. Não podemos, com segurança, votar por partidos políticos; pois não sabemos em quem votamos. Não podemos, com segurança, tomar parte em nenhum plano político. Não podemos trabalhar para agradar a homens que irão empregar sua influência para reprimir a liberdade religiosa, e pôr em execução medidas opressivas para levar ou compelir seus semelhantes a observar o domingo como sábado. O primeiro dia da semana não é um dia para ser reverenciado. É um sábado espúrio, e os membros da família do Senhor não podem ter parte com os homens que o exaltam, e violam a lei de Deus, pisando Seu sábado. O povo de Deus não deve votar para colocar tais homens em cargos oficiais; pois assim fazendo, são participantes nos pecados que eles cometem enquanto investidos desses cargos. OE 392 1 Não devemos transigir com os princípios, para ceder às opiniões e preconceitos que talvez animássemos antes de nos unir com o povo observador dos mandamentos de Deus. Temo-nos alistado no exército do Senhor, e não nos cabe combater do lado do inimigo, mas do lado de Cristo, onde podemos ser um todo unido, em sentimento, ação, espírito e comunhão. Os que são deveras cristãos são ramos da Videira verdadeira, e darão o mesmo fruto que ela. Agirão em harmonia, em comunhão cristã. Não usarão distintivos políticos, mas os de Cristo. OE 392 2 Que devemos então fazer? -- Deixai os assuntos políticos em paz. "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" 2 Coríntios 6:14, 15. Que pode haver de comum entre esses partidos? Não pode haver sociedade, nem comunhão. OE 392 3 A palavra "sociedade" importa em participação, parceria. Deus emprega as mais vigorosas imagens para mostrar que não deve haver união entre partidos mundanos e aqueles que estão buscando a justiça de Cristo. Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas, a verdade e a injustiça? -- Nenhuma, absolutamente. A luz representa a justiça; as trevas, a injustiça. Os cristãos saíram das trevas para a luz. Eles se revestiram de Cristo, e usam a divisa da verdade e obediência. São regidos pelos princípios elevados e santos que Cristo exemplificou em Sua vida.... OE 393 1 Os mestres, na igreja ou na escola, que se distinguem por seu zelo na política, devem ser destituídos sem demora de seu trabalho e suas responsabilidades; pois o Senhor não cooperará com eles. O dízimo não deve ser empregado para pagar ninguém para discursar sobre questões políticas. Todo mestre, ministro ou dirigente em nossas fileiras, que é agitado pelo desejo de ventilar suas opiniões sobre questões políticas, deve-se converter pela crença na verdade, ou renunciar à sua obra. Sua influência deve ser a de um coobreiro de Deus no conquistar almas para Cristo, ou devem ser-lhe cassadas as credenciais. Se ele não muda, há de ser nocivo, apenas nocivo.... OE 393 2 "Apartai-vos" OE 393 3 Rogo aos meus irmãos designados para educar, que mudem sua maneira de agir. É um engano de vossa parte o ligar vossos interesses com qualquer partido político, dar o vosso voto com eles ou por eles. Os que ocupam o lugar de educadores, de ministros, de colaboradores de Deus em qualquer sentido, não têm batalhas a travar no mundo político. Sua cidadania se acha nos Céus. Deus pede-lhes que permaneça como um povo separado e peculiar. Ele não quer que haja cismas no corpo de crentes. Seu povo tem de possuir os elementos de reconciliação. OE 393 4 É porventura sua obra fazer inimigos no mundo político? -- Não, não. Eles têm de permanecer como súditos do reino de Cristo, levando a bandeira em que se acha inscrito: "Os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." Têm de ter a responsabilidade de uma obra especial, de uma especial mensagem. Temos uma responsabilidade individual, e isso tem de ser revelado em presença do universo celeste, dos anjos e dos homens. Deus não nos pede que ampliemos nossa influência misturando-nos com a sociedade, ligando-nos com os homens em questões políticas, mas ficando como partes individuais de Seu grande todo, tendo Cristo como nossa cabeça. Cristo é nosso Príncipe, e, como súditos Seus, cumpre-nos realizar a obra que nos foi designada por Deus.... OE 394 1 Talvez se pergunte: Não devemos ter ligação alguma com o mundo? A palavra do Senhor tem de ser nosso guia. Qualquer ligação com os infiéis e incrédulos, que nos viesse identificar com eles, é proibida pela Palavra. Temos de sair do meio deles, e ser separados. Em caso algum devemos unir-nos a eles em seus planos de trabalho. Mas não devemos viver isoladamente. Cumpre-nos fazer aos mundanos todo o bem que nos seja possível. OE 394 2 Cristo nos deu um exemplo disto. Quando convidado a comer com publicanos e pecadores, não Se recusava; pois de nenhum outro modo, senão misturando-Se com eles, poderia chegar a essa classe. Mas, em toda ocasião... puxava temas de conversação que lhes apresentavam ao espírito os interesses eternos. E Ele nos ordena: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. OE 394 3 Quanto à questão da temperança, assumi, sem vacilação, vossa atitude. Sede firmes como a rocha. Não participeis dos pecados dos outros.... OE 395 1 Há uma grande vinha a ser cultivada; mas, conquanto os cristãos tenham de trabalhar entre os incrédulos, não se devem parecer com os mundanos. Não devem gastar seu tempo a falar de política e agir em favor dela; pois assim fazendo, dão oportunidade ao inimigo de penetrar e causar desinteligências e discórdias. Aqueles, dentre os ministros, que desejam ser políticos, devem perder suas credenciais; pois essa obra Deus não deu a elevados nem a humildes dentre Seu povo. OE 395 2 Deus pede a todos quantos ministram em palavra e doutrina, que dêem à trombeta um sonido certo. Todos quantos receberam a Cristo, ministros e membros leigos, devem levantar-se e resplandecer; pois grandes perigos se acham iminentes sobre nós. Satanás está agitando os poderes da Terra. Tudo neste mundo se acha em confusão. Deus pede a Seu povo que mantenha acima de tudo a bandeira que apresenta a mensagem do terceiro anjo.... OE 395 3 Os filhos de Deus têm de se separar da política, de toda aliança com os incrédulos. Não devem ligar seus interesses aos do mundo. "Provai vossa aliança comigo", diz Ele, "permanecendo como Minha herança escolhida, como um povo zeloso de boas obras." Não tomeis parte em lutas políticas. Separai-vos do mundo, refreai-vos quanto a introduzir na igreja ou escola idéias que hão de levar a contendas e perturbações. As dissensões são o veneno moral introduzido no organismo pelos seres humanos egoístas. Deus quer que Seus servos tenham clara percepção, verdadeira e nobre dignidade, para que sua influência manifeste o poder da verdade. OE 395 4 A vida cristã não deve ser vivida a esmo ou depender de emoções. A verdadeira influência cristã, exercida para a realização da obra designada por Deus, é um precioso instrumento, e não se deve unir com política, ou ligar em aliança com incrédulos. Deus tem de ser o centro de atração. Toda mente em que o Espírito Santo opera, satisfar-se-á com Ele. -- Carta 95, 16 de Junho de 1889. OE 396 1 "Nenhum de nós vive para si." Romanos 14:7. Lembrem os que são tentados a imiscuir-se com a política, que todo passo que eles dão tem sua influência sobre outros. Quando ministros, ou outros que ocupem posição de responsabilidade, fazem observações a respeito desses assuntos, não podem recolher os pensamentos que plantaram em outros espíritos. Sob as tentações de Satanás, puseram em operação uma corrente de circunstâncias conducentes a resultados que eles mal sonham. Um ato, uma palavra, um pensamento atirado à mente do grande ajuntamento humano, caso leve a sanção celestial, dará uma colheita de preciosos frutos; mas, se é inspirado por Satanás, fará brotar a raiz de amargura com que muitos serão contaminados. Portanto, os despenseiros da graça de Deus, em todo ramo de serviço, estejam alerta quanto a não misturar o comum com o sagrado. OE 396 2 Por mais de uma vez Cristo foi solicitado a decidir questões políticas e jurídicas; mas recusava-Se a interferir em assuntos temporais.... Ele ocupava no mundo o lugar de Cabeça do grande reino espiritual para cujo estabelecimento aqui viera -- o reino da justiça. Seus ensinos tornaram claros os princípios enobrecedores, santificadores que regem Seu reino. Mostrou que a justiça, misericórdia e amor são as forças dominantes no reino de Jeová. -- Testimonies for the Church 9:218. ------------------------Capítulo 86 -- A obra em favor dos judeus OE 397 1 Ao tempo em que Jerusalém foi destruída e o templo posto em ruínas, muitos milhares de judeus foram vendidos para servir como escravos em terras pagãs. Como náufragos numa praia deserta, foram espalhados entre as nações. Por mil e oitocentos anos têm os judeus vagueado de terra em terra através do mundo, e em nenhum lugar tem-se-lhes dado o privilégio de recuperarem o antigo prestígio como nação. Malsinados, odiados, perseguidos, de século em século sua herança tem sido de sofrimento. OE 397 2 Muito embora a tremenda sentença pronunciada sobre os judeus como nação ao tempo da rejeição de Jesus de Nazaré, por parte deles, tem havido de século em século muitos judeus nobres, homens e mulheres, tementes a Deus, os quais têm sofrido em silêncio. Deus tem confortado seus corações em aflição, e tem contemplado com piedade sua terrível situação. Tem ouvido as agonizantes orações dos que de todo o coração O têm buscado para uma justa compreensão de Sua Palavra. Alguns têm aprendido a ver no humilde Nazareno a quem seus antepassados rejeitaram e crucificaram, o verdadeiro Messias de Israel. Ao alcançar sua mente o significado das familiares profecias há muito obscurecidas pela tradição e errada interpretação, seu coração se tem enchido de gratidão a Deus pelo dom inaudito que Ele outorga a todo ser humano que escolhe aceitar a Cristo como um Salvador pessoal. OE 397 3 É a esta classe que Isaías se refere em sua profecia: "O remanescente é que será salvo." Ver Isaías 10:20-22. Desde os dias de Saulo até o presente, Deus pelo Seu Espírito Santo tem estado a chamar tanto a judeus como a gentios. "Deus não faz acepção de pessoas", declarou Paulo. O apóstolo considerava-se a si mesmo devedor "tanto a gregos como a bárbaros", bem como a judeus; mas jamais perdeu ele de vista as decididas vantagens que os judeus haviam possuído sobre outros, "primeiramente", porque "as palavras de Deus lhe foram confiadas". "O evangelho", declarou, "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé." É deste evangelho de Cristo, igualmente eficaz a judeus e gentios, que Paulo em sua epístola aos romanos declara não se envergonhar. OE 398 1 Quando este evangelho for apresentado em sua plenitude aos judeus, muitos aceitarão a Cristo como o Messias. Entre os ministros cristãos há poucos que se sentem chamados a trabalhar pelo povo judeu; mas aos que têm sido passados por alto, bem como a todos os outros, deve chegar a mensagem de misericórdia e esperança em Cristo. OE 398 2 Na proclamação final do evangelho, quando deve ser feito um trabalho especial pelas classes de pessoas até aqui negligenciadas, Deus espera que Seus mensageiros tomem interesse especial pelo povo judeu, o qual eles encontram em todas as partes da Terra. Ao serem as Escrituras do Velho Testamento amalgamadas com o Novo numa explanação do eterno propósito de Jeová, isto será para muitos judeus como o raiar de uma nova criação, a ressurreição da alma. Ao verem o Cristo da dispensação evangélica retratado nas páginas das Escrituras do Velho Testamento, e perceberem quão claramente o Novo Testamento explica o Velho, suas adormecidas faculdades despertarão e eles reconhecerão a Cristo como o Salvador do mundo. Muitos receberão a Cristo pela fé como seu Redentor. Em relação a eles se cumprirão as palavras: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome." João 1:12. OE 399 1 Há entre os judeus alguns que, como Saulo de Tarso, são poderosos nas Escrituras, e esses proclamarão com maravilhoso poder a imutabilidade da lei de Deus. O Deus de Israel fará que isto suceda em nossos dias. Seu braço não está encolhido para que não possa salvar. Ao trabalharem Seus servos em fé pelos que de muito têm sido negligenciados e desprezados, Sua salvação será revelada. OE 399 2 "Assim diz o Senhor, que remiu a Abraão, acerca da casa de Jacó: Jacó não será agora envergonhado, nem agora se descorará a sua face. Mas quando vir a Seus filhos, a obra das Minhas mãos, no meio dele, santificarão o Meu nome, e santificarão ao Santo de Jacó, e temerão ao Deus de Israel. E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina." Isaías 29:22-24. -- Atos dos Apóstolos, 379-382. ------------------------Capítulo 87 -- A importância das reuniões campais OE 400 1 A reunião campal é um dos mais importantes instrumentos em nossa obra. É um dos métodos mais eficazes para chamar a atenção do povo, e alcançar todas as classes com o convite evangélico.... OE 400 2 Se nossas reuniões campais forem dirigidas como devem ser, serão realmente uma luz no mundo. Elas devem ser realizadas nas grandes cidades e vilas onde a mensagem da verdade não foi proclamada. E devem continuar por duas ou três semanas. Talvez seja às vezes aconselhável realizar uma reunião campal por várias ocasiões no mesmo local; mas em regra, o lugar de reuniões deve ser mudado de ano para ano. Em vez de se efetuarem enormes reuniões em outras localidades, haverá mais benefício em ter reuniões menores em muitos lugares. Assim a obra se estenderá continuamente para novos campos.... OE 400 3 Tem-se cometido um erro em realizar reuniões campais em sítios fora de mão, e em continuar a fazê-las no mesmo lugar durante anos. Assim se tem feito para poupar despesas e trabalho; mas a economia deve ser feita noutros sentidos. Especialmente em novos campos, a falta de meios torna às vezes difícil fazer face às despesas de uma reunião campal. Deve-se exercer cuidadosa economia, delineando-se planos não dispendiosos; pois assim muito se pode poupar. Não se prejudique a obra, porém. Este método de apresentar a verdade ao povo provém de nosso Deus. Quando se tem de trabalhar em benefício de almas, e levar a verdade aos que a desconhecem, a obra não deve ser prejudicada para poupar despesas.... Atrair assistência OE 401 1 Uma ocasião, enquanto nós estávamos preparando para realizar uma reunião campal próximo de uma grande cidade onde pouco era conhecido nosso povo, pareceu-me, uma noite, achar-me numa reunião realizada a fim de se consultar quanto à obra a ser feita antes da referida reunião. Foi proposto que se fizessem grandes esforços, e se incorresse em grandes despesas para distribuir notícias em jornais. Estavam-se tomando providências para a execução desse plano, quando Alguém que é sábio em conselhos, disse: OE 401 2 "Armai vossas tendas, começai vossas reuniões e depois anunciai; e efetuar-se-á mais. A verdade falada pelo pregador vivo terá maior influência do que quando anunciada nos jornais. Mas ambos os métodos unidos terão ainda mais força. OE 401 3 "Não é o melhor plano seguir uma determinada maneira de trabalho ano após ano. Mudai a ordem das coisas. Quando proporcionais tempo e oportunidade, Satanás se prepara para reunir suas forças, e trabalhará para destruir toda alma que seja possível. OE 401 4 "Não desperteis oposições antes de o povo ter oportunidade para ouvir a verdade, e saber a que estão fazendo oposição. Reservai vossos meios para fazer uma vigorosa obra depois da reunião, de preferência a fazê-la antes. Se for possível conseguir um prelo que funcione durante a reunião, imprimindo folhetos, notícias e jornais para serem distribuídos, isso terá considerável influência." OE 401 5 Em algumas de nossas reuniões campais, grandes grupos de obreiros se têm organizado para sair pela cidade e seus subúrbios distribuindo literatura, e convidando o povo para as reuniões. Por esse meio conseguiram-se centenas de pessoas como assistência regular durante a última metade das reuniões; pessoas que, de outro modo, mal teriam pensado a respeito delas. Precisamos empregar todo meio razoável de levar a luz ao povo. ... OE 402 1 Os que se têm interessado têm de enfrentar os sofismas e falsas apresentações dos ministros populares, e não sabem responder a essas coisas. A verdade apresentada pelo pregador vivo deve ser publicada na maneira mais condensada possível, e amplamente disseminada. Na medida do possível, publiquem-se nos jornais os importantes discursos proferidos em nossas reuniões campais. Assim, a verdade que foi apresentada a um limitado número, achará acesso a muitos espíritos. E em casos em que tenha havido desfiguração da verdade, o povo terá uma oportunidade de saber exatamente o que o ministro disse.... Negócios OE 402 2 Nossas reuniões campais devem, o quanto possível, ser dedicadas a interesses espirituais. Não se devem tornar ocasião para efetuar reuniões de comissões. Reúnem-se obreiros de todas as partes do campo, e parece uma ocasião favorável para considerar assuntos de negócios relacionados com os vários ramos da obra, e para o preparo de obreiros nos vários ramos também. OE 402 3 Todos esses interesses são importantes, mas quando são considerados numa reunião campal, pouca é a oportunidade que resta para tratar das relações práticas da verdade para com a alma. Os ministros são distraídos de sua obra de edificar os filhos de Deus na santíssima fé, e a reunião campal não preenche o fim a que se designava. OE 402 4 Muitas reuniões se dirigem em que a maior parte do povo não tem interesse; e se pudessem assistir a todas, retirar-se-iam cansados, em lugar de ter recebido refrigério e benefício. Muitos ficam decepcionados por falhar sua esperança de receber auxílio da reunião campal. Os que vieram em busca de luz e de forças, regressam à casa pouco mais habilitados a trabalhar na família e na igreja, do que o estavam antes de assistirem às reuniões. OE 403 1 Os assuntos administrativos devem ser tratados pelos que são especialmente designados para isso. E, o quanto possível, devem ser apresentados ao povo em outras ocasiões, e não nas reuniões campais. Instruções relativamente à colportagem, à obra da Escola Sabatina e às minúcias do trabalho missionário e com folhetos, devem ser dadas nas igrejas locais, ou em reuniões especialmente designadas. O mesmo quanto às classes culinárias. Se bem que estas sejam boas em seu devido lugar, não devem ocupar o tempo de nossas reuniões campais. OE 403 2 Os presidentes de associações e os ministros devem-se dedicar aos interesses espirituais do povo, devendo assim ser dispensados do trabalho material ligado às reuniões. Cumpre aos ministros estar preparados para servir como mestres e dirigentes na obra do acampamento, quando necessário; mas não se deviam extenuar. Devem-se sentir refrigerados, e numa agradável disposição de espírito; pois isso é essencial para melhor proveito da reunião. Devem ser capazes de proferir palavras de animação e deixar cair sementes de verdade espiritual no solo dos corações sinceros. ... O preparo dos jovens obreiros OE 403 3 Os que se estão preparando para qualquer ramo da obra, devem aproveitar toda oportunidade de trabalhar na reunião campal. Onde quer que se realizem essas reuniões, os moços que receberam preparo em assuntos médicos devem sentir que é seu dever desempenhar sua parte. Devem ser animados a não somente agir em sentido médico, mas também falar sobre os pontos da verdade presente, dando a razão de sermos adventistas do sétimo dia. Esses moços, uma vez que lhes seja facultada a oportunidade de trabalhar com ministros mais idosos, terão muito proveito e bênçãos.... OE 404 1 Quando devidamente dirigidas, as reuniões campais são uma escola em que pastores, anciãos, e diáconos podem aprender a fazer trabalho mais perfeito para o Mestre. Elas devem ser uma escola onde os membros da igreja, velhos e moços, tenham ocasião de aprender mais perfeitamente o caminho do Senhor, onde os crentes possam receber um preparo que os auxilie a ajudar os outros.... OE 404 2 Uma noite, antes de uma importante reunião, pareceu-me, enquanto dormia, achar-me em reunião com os irmãos, escutando a Alguém que falava com autoridade. Disse Ele: OE 404 3 "Assistirão a esta reunião muitas almas sinceramente ignorantes das verdades que hão de ser apresentadas. Elas ouvirão, e ficarão interessadas, porque Cristo as está atraindo; a consciência lhes diz que o que ouvem é verdade, pois tem a Bíblia por base. É mister o máximo cuidado ao tratar com essas almas. OE 404 4 "Ofereçam-se-lhes porções da mensagem que elas sejam capazes de apreender e assimilar. Conquanto possam parecer estranhas e surpreendentes, muitos hão de reconhecer com alegria que se projeta sobre a Palavra de Deus uma nova luz; ao passo que, se novas verdades fossem apresentadas em tão grande quantidade que eles não pudessem compreendê-las, alguns se afastariam para nunca mais voltar. Alguns, no esforço de contar a outros, desfigurariam o que tinham ouvido. Outros, haviam de torcer de tal maneira as Escrituras, que deixariam outros espíritos confusos. OE 405 1 "Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em Lhe seguir o trilho hão de atrair grande número de pessoas, mantendo sua atenção, como Cristo fazia outrora. Em cada reunião, Satanás se achará no acampamento, a fim de lançar sua sombra infernal entre o homem e Deus, para interceptar cada raio de luz que possa brilhar na alma. Mas, quando a verdade em seu caráter prático é insistentemente apresentada ao povo porque o amais, almas se convencerão, porque o Espírito Santo de Deus há de impressionar os corações. OE 405 2 "Revesti-vos de humildade: orai para que anjos de Deus vos estejam estreitamente unidos para impressionar a mente do povo; pois não sois vós que dirigis o Espírito Santo, mas Ele deve dirigir-vos a vós. É o Espírito Santo que torna a verdade impressiva. Mantende a verdade prática sempre perante o povo." OE 405 3 Não salienteis os aspectos da verdade que são uma condenação dos costumes e práticas do povo enquanto eles não tiverem ocasião de saber que acreditamos em Cristo, em Sua divindade e preexistência. Insistamos no testemunho do Redentor do mundo. Ele diz: "Eu, Jesus, enviei o Meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas." Apocalipse 22:16. ... OE 405 4 Sempre que for possível, todo discurso importante deve ser seguido de um estudo bíblico. Então, os pontos apresentados podem ser aplicados, podem-se fazer perguntas, e inculcarem-se idéias justas. Deve-se consagrar mais tempo a educar pacientemente o povo, dando-lhe oportunidade de exprimir-se por si mesmo. É de instrução que os homens necessitam, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. OE 406 1 Também se devem realizar reuniões especiais para os que se estão interessando nas verdades apresentadas, e necessitam de instruções. O povo deve ser convidado a essas reuniões, e todos, tanto crentes como não, devem ter ensejo de fazer perguntas sobre pontos que não sejam plenamente entendidos. Dai a todos oportunidade de falar de suas perplexidades, pois hão de tê-las. Fazei com que o povo veja que em todos os sermões e estudos bíblicos, se apresenta um claro "Assim diz o Senhor" para a fé e as doutrinas que defendemos. OE 406 2 Este era o método de ensino de Cristo. Ao falar ao povo, este O interrogava quanto ao sentido de Suas palavras. Aos que estavam buscando humildemente a luz, Ele estava sempre pronto a dar explicações das mesmas. Mas Cristo não animava a crítica nem a astúcia, e nós não o devemos fazer. Quando as pessoas procuram provocar uma discussão acerca de pontos controversos de doutrina, dizei-lhes que a reunião não se destina a isso. Quando respondeis a uma pergunta, buscai certificar-vos de que os ouvintes vejam e reconheçam que ela está respondida. Não deixeis cair uma pergunta, dizendo que a façam de outra vez. Apalpai vosso caminho passo a passo, e vede quanto obtivestes. -- Testimonies for the Church 6:31-69. ------------------------Capítulo 88 -- Menos pregar, mais ensinar OE 407 1 Não se deve exigir, em nossas reuniões campais, que um ou dois obreiros dirijam todas as pregações e ensinos no terreno bíblico. Efetuar-se-á, por vezes, mais benefício, dividindo a grande congregação em grupos. Assim pode o educador em matéria bíblica chegar em mais estreito contato com o povo, do que numa grande assembléia. OE 407 2 Há muito mais pregação do que devia haver, em nossas reuniões campais. Isso impõe aos ministros um pesado encargo e, conseqüentemente, fica negligenciado muito do que merece atenção. Muitas pequeninas coisas que abrem a porta a males sérios, passam despercebidas. O ministro é prejudicado em sua resistência física, e privado do tempo de que necessita para meditação e oração, a fim de manter sua própria alma no amor de Deus. E quando se amontoam tantos discursos, um após outro, o povo não tem tempo de assimilar o que ouve. A mente fica-lhes confusa, e os serviços se lhes tornam enfadonhos e fatigantes. OE 407 3 Deve haver menos pregação e mais ensino. Há pessoas que desejam uma luz mais definida do que a que recebe ouvindo os sermões. Alguns requerem mais tempo do que outros para compreender os pontos apresentados. Se se pudesse esclarecer um pouco mais a verdade apresentada, vê-la-iam e dela se haveriam de apoderar; ela seria como um prego firmado em lugar seguro. OE 407 4 Foi-me mostrado que nossas reuniões campais hão de crescer em interesse e êxito. Ao aproximarmo-nos do fim, tenho visto que deve haver, nessas reuniões menos pregação, e mais estudos bíblicos. Haverá por todo o acampamento pequenos grupos, de Bíblia na mão, e várias pessoas dirigindo um estudo escriturístico de maneira franca, em forma de conversação. OE 408 1 Era este o método por que Cristo ensinava Seus discípulos. Quando as grandes multidões se apinhavam em torno do Salvador, Ele costumava dar instruções aos discípulos e às massas. Então, depois do discurso, os discípulos misturavam-se com o povo, repetindo-lhes o que Cristo dissera. Muitas vezes os ouvintes haviam aplicado mal as palavras de Cristo, e os discípulos lhes diziam o que declaravam as Escrituras, e o que Cristo havia ensinado que elas diziam. -- Testimonies for the Church 6:87, 88. OE 408 2 O grande Mestre punha Seus ouvintes em contato com a Natureza, a fim de ouvirem a voz que fala em todas as coisas criadas; e quando o coração deles se enternecia e o espírito se achava numa disposição de receptividade, Ele os ajudava a interpretar os ensinos espirituais das cenas sobre que pousava seu olhar. As parábolas por meio de que gostava de ensinar lições da verdade, mostram quão aberto se achava Seu espírito às influências da Natureza, e como Ele Se deleitava em tirar os ensinos espirituais do ambiente da vida diária. As aves do céu, os lírios do campo, o semeador e a semente , o pastor e as ovelhas -- tais eram as coisas com que Cristo ilustrava a verdade imortal. Ele tirava também ilustrações dos acontecimentos da vida, fatos da experiência familiar aos ouvintes -- o fermento, o tesouro escondido, a pérola, a rede de pescar, a moeda perdida, o filho pródigo, a casa na rocha, e na areia. Em Suas lições havia qualquer coisa que interessava todos os espíritos, que falava a todo coração. -- Educação, 102. ------------------------Capítulo 89 -- Sementeira e colheita OE 409 1 "Um é o que semeia, e outro o que ceifa." João 4:37. O Salvador proferiu essas palavras visando à ordenação e envio dos Seus discípulos. Jesus estivera a semear através da Judéia a semente da verdade. Havia, clara e distintamente, delineado o plano da salvação; pois a verdade nunca esmorecia em Seus lábios. A obra terrestre do grande Mestre, devia concluir-se dentro em pouco. Os discípulos tinham de seguir, ceifando onde Ele havia semeado, para que ambos, o Semeador e os ceifeiros, se pudessem juntamente regozijar. OE 409 2 Deus necessita hoje em dia, em Seu grande campo de colheita, de semeadores e de ceifeiros. Lembrem-se os que saem para a obra, uns a semear e outros a ceifar, de que nunca devem tomar para si mesmos a honra do êxito de seu trabalho. Os instrumentos designados por Deus têm estado antes deles, preparando o caminho para a sementeira e a colheita da seara. "Eu os enviei a ceifar onde vós não trabalhastes", disse Cristo; "outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho." João 4:38. OE 409 3 "E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem." João 4:36. Lede cuidadosamente essas palavras. Estudai-lhes a significação; pois elas esboçam o plano de Deus. Os que semeiam a semente, apresentando perante grandes e pequenos ajuntamentos a probante verdade para este tempo, à custa de muito trabalho, talvez nem sempre ceifem. Muitas vezes os obreiros do Senhor sofrem acerba oposição, e sua obra é impedida. Eles fazem o mais que lhes é possível; com esforço diligente e penoso, semeiam a boa semente. Mas o elemento de oposição se torna cada vez mais feroz. Alguns dos ouvintes podem estar convencidos da verdade, mas se intimidam diante da oposição manifestada, e não têm a coragem de reconhecer suas convicções. OE 410 1 A vida dos obreiros talvez corra perigo da parte dos que são manejados por Satanás. Cabe-lhes então o privilégio de seguir o exemplo de seu Mestre, retirando-se para outro lugar. "Não acabareis de percorrer as cidades de Israel", disse Cristo, "sem que venha o Filho do homem." Mateus 10:23. Passem os obreiros da verdade a outro campo. Aí poderá haver uma oportunidade mais favorável para o trabalho, e talvez semeiem com êxito a semente da verdade, segando a messe. A notícia desse êxito chegará ao lugar onde o trabalho foi aparentemente mal-sucedido, e o próximo mensageiro da verdade que ali for, receberá melhor acolhimento. OE 410 2 A semente semeada entre provas e desânimo mostrará possuir vida e vitalidade. A adversidade, a aflição, a perda de propriedade, as mudanças da providência de Deus, evocarão de maneira viva as palavras proferidas anos antes pelo fiel servo de Deus. A semente lançada brota e dá frutos. OE 410 3 Deus tem necessidade de homens e mulheres sábios que trabalhem diligentemente para realizar a obra que lhes foi confiada. Ele os empregará como instrumentos na conversão de almas. Uns semearão, e outros hão de segar a colheita do que foi semeado. Faça cada um o que lhe for possível para desenvolver seus talentos, para que Deus Se sirva dele, seja como semeador, seja como ceifeiro. ------------------------Capítulo 90 -- Presidentes de associação OE 413 1 O Senhor tem sido servido de apresentar-me muitas coisas com relação ao chamado a ao trabalho de nossos ministros, especialmente os que foram designados para presidentes de associação. Grande cuidado deve ser exercido na escolha de homens para essas posições de confiança. Deve haver fervorosa oração em busca de iluminação divina. OE 413 2 Os que são assim indicados para superintendentes do rebanho, devem ser homens de boa reputação; homens que dêem provas de possuir, não somente conhecimento das Escrituras, mas experiência na fé, na paciência, para que, em mansidão, possam instruir os que se opõem à verdade. Devem ser homens íntegros, não neófitos, mas inteligentes estudantes da Palavra, aptos para ensinar a outros também, tirando do tesouro coisas novas e velhas; homens que, em caráter, palavras, conduta, sejam uma honra à causa de Cristo, ensinando a verdade, vivendo a verdade, crescendo até à estatura perfeita em Cristo Jesus. Isso importa no desenvolvimento e fortalecimento de cada faculdade mediante o exercício da mesma, para que os obreiros se tornem aptos a suportar maiores responsabilidades, à medida que a obra aumenta. OE 414 1 O Senhor Jesus ligou Judas e Pedro a Si mesmo, não porque eles fossem defeituosos de caráter, mas a despeito de seus defeitos. Queria dar-lhes uma oportunidade de aprender na escola dEle, a mansidão e humildade de coração, a fim de que se tornassem coobreiros Seus. E, caso eles aproveitassem essas oportunidades, tivessem boa vontade de aprender, fossem prontos a reconhecer suas deficiências e, à luz de um exemplo puro, se tornassem tudo quanto Cristo desejava que eles fossem, seriam então uma maior bênção à igreja. OE 414 2 Assim lida o Senhor Jesus ainda com os homens. Alguns que são imperfeitos em caráter se acham ligados a interesses solenes, sagrados; e, quando escolhidos para uma obra especial, não devem pensar que sua própria sabedoria lhes seja suficiente, que não precisam ser aconselhados, reprovados e instruídos. Irmãos, se pensardes desta maneira, separar-vos-eis da Fonte de vossa força, e estareis em perigo. Podereis ser abandonados a vossa própria suposta suficiência, para fazer como fez Judas -- trair vosso Senhor.... Esperar conselhos dos homens OE 414 3 Algumas de nossas associações são fracas em experiência cristã, porque seus dirigentes -- e o povo lhes tem seguido o exemplo -- têm buscado a aprovação dos homens, com muito maior ansiedade do que a de Deus. Têm esperado mais auxílio e conselho de homens, do que de Deus. Têm depositado seus cuidados sobre homens, e aceitado sabedoria humana em casos e ocasiões em que deviam haver esperado em Deus. E muitas vezes aqueles de quem eles buscavam conselhos, necessitavam, por sua vez, de ser auxiliados; pois sua alma não estava reta para com Deus. Os presidentes de nossas associações se têm enfraquecido e tornado ineficientes por tornar a carne o seu braço. Confiança na sabedoria do homem não facilita o crescimento na graça e no conhecimento de Cristo. OE 415 1 Irmãos, quando surgirem perplexidades em vossa associação, quando se tiverem emergências a enfrentar, não permitais que essas nuvens sombrias se introduzam na Associação Geral, se vos for possível evitá-lo. O presidente da Associação Geral não deve ser sobrecarregado com os negócios das associações locais, como tem acontecido até agora. Se vós, com vossos coobreiros, não podeis solver as perturbações e dificuldades que aparecem em vossa associação, como pensais que um homem o possa fazer com as questões que surgem em todas as associações? Por que havíeis de despejar todas as vossas perplexidades e desânimos no espírito e coração sobrecarregado do presidente da Associação Geral? Ele não pode compreender a situação tão bem como vós que vos achais no terreno das mesmas. Se vos esquivais a responsabilidades e cruzes, e a suportar cuidados, dura reflexão e fervoroso orar, e esperais no presidente da Associação Geral para fazer vosso trabalho e ajudar-vos a sair de vossas dificuldades, não podeis ver que lançais sobre ele cargas que lhe porão em perigo a vida? Não tendes um cérebro e habilidade, como ele? Não deveis negligenciar qualquer parte da obra pelo fato de ela exigir diligente e cruciante esforço. OE 415 2 Repito: Não lanceis vossas cargas sobre o presidente da Associação Geral. Não espereis que ele endireite as vossas falhas, e complete vossa obra. Resolvei fazer face a vossas próprias responsabilidades por meio de Cristo, que vos fortalece. OE 415 3 Se o presidente da Associação Geral andar nos conselhos de Deus, não animará seus irmãos a esperarem que ele lhes indique seus deveres, mas dirigi-los-á para a única Fonte que não se acha contaminada com os erros humanos. Recusar-se-á a servir de cérebro e consciência para os outros.... OE 416 1 Aquele que é objeto dessa indevida confiança, acha-se exposto a fortes tentações. Satanás, se possível, induzi-lo-á a confiar em si mesmo, para que os defeitos humanos venham a manchar a obra. Ele se achará em perigo de animar os irmãos a confiar nele, e sentirem que tudo quanto pertence ao movimento da causa deve ser levado a seu conhecimento. Assim a obra terá um cunho humano em lugar do divino. OE 416 2 Mas se todos aprenderem a confiar em Deus por si mesmos, muitos perigos que assaltam o que se encontra à testa da obra serão evitados. Se ele erra, se permite que influência humana domine em sua maneira de julgar, se cede à tentação, pode ser corrigido e auxiliado por seus irmãos. E os que aprendem a se dirigir a Deus por si mesmos, em busca de auxílio e conselho, estão aprendendo lições que lhes serão do mais alto valor. OE 416 3 Se os oficiais de uma associação quiserem desempenhar-se com êxito das responsabilidades que lhes são confiadas, devem orar, devem crer, devem confiar em que Deus Se sirva deles como instrumentos para manter as igrejas da associação em bom funcionamento. Esta é a sua parte a cultivar na vinha. Precisa haver muito mais responsabilidade pessoal, precisa-se considerar e planejar muito mais, pôr muito mais vigor mental no trabalho feito para o Mestre. Isso ampliaria a capacidade da mente, e daria mais aguda percepção quanto ao que fazer, e à maneira pela qual o executar. OE 417 1 Irmãos, tereis de lutar com dificuldades, de ter encargos, de dar conselhos, de planejar e executar, buscando continuamente o auxílio de Deus. Orai e trabalhai, trabalhai e orai; como discípulos na escola de Cristo, aprendei de Jesus. OE 417 2 O Senhor nos deu a promessa: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Tiago 1:5. É o plano de Deus, que os que têm responsabilidades se reúnam muitas vezes para se aconselharem entre si, e orarem pedindo aquela sabedoria que somente Ele pode comunicar. Falai menos; muito tempo precioso é perdido em conversas que não trazem luz. Reúnam-se os irmãos com jejum e oração em busca da sabedoria que Deus prometeu fornecer liberalmente. Levai ao conhecimento de Deus as vossas dificuldades. Dizei-Lhe, como Moisés: "Eu não posso guiar a este povo, a não ser que a Tua presença vá comigo." E então, pedi ainda: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória." Êxodo 33:18. Que é essa glória? -- O caráter de Deus. Foi isso que Ele proclamou a Moisés. OE 417 3 Em fé viva, una-se a alma com Deus. Profira a língua o Seu louvor. Quando vos reunis, dirigi reverentemente o espírito à contemplação das realidades eternas. Assim estareis ensinando uns aos outros a ter mentes espirituais. Quando vossa vontade se achar em harmonia com a divina, estareis em harmonia uns com os outros; tereis Cristo ao vosso lado como conselheiro. OE 417 4 Enoque andava com Deus. O mesmo pode fazer todo obreiro de Cristo. Podeis dizer com o salmista: "Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim: por isso que Ele está à minha mão direita, nunca vacilarei." Salmos 16:8. Enquanto sentis não possuir vós mesmos nenhuma suficiência, vossa suficiência estará em Jesus. Se esperais que todo o vosso conselho e sabedoria venham dos homens, mortais e finitos como vós, haveis de receber unicamente auxílio humano. Se vos dirigis a Deus em busca de auxílio e sabedoria, Ele nunca vos deixará decepcionados em vossa fé. OE 418 1 Os presidentes das associações locais têm o mesmo Deus que o presidente da Associação Geral, e devem-se dirigir por si mesmos à Fonte da sabedoria, em lugar de confiar em um homem, que tem de obter seu esclarecimento da mesma fonte. OE 418 2 Pode-se arrazoar que o Senhor dá especial sabedoria àqueles a quem são confiadas importantes responsabilidades. Na verdade, se eles andarem humildemente perante Ele, dar-lhes-á auxílio para sua obra; e dar-vos-á para a vossa, se o buscardes no mesmo espírito. Se o Senhor, em Sua providência, houver colocado importantes responsabilidades sobre vós, habilitar-vos-á para fazer face a essas responsabilidades, se O procurardes com fé a fim de obter forças para isso. Quando nEle puserdes vossa confiança, e confiardes em Seus conselhos, Ele não vos abandonará a vosso juízo finito, para formar planos imperfeitos e ter decididos fracassos. Não façais de homem algum vosso confessor OE 418 3 Todos necessitam de experiência prática em confiar em Deus por si mesmos. Nenhum homem se torne vosso confessor; abri a Deus o coração; dizei-Lhe todo o segredo da alma. Levai-Lhe vossas dificuldades, pequenas ou grandes, e Ele vos há de mostrar um caminho para sair de todas elas. Somente Ele pode saber dar-vos exatamente o auxílio de que necessitais. OE 419 1 E, quando após um período probante, vos advém ajuda, quando o Espírito de Deus Se acha manifestamente operando em vosso favor, que preciosa experiência adquiris! Estais obtendo fé e amor, o ouro que a Testemunha Verdadeira vos aconselha a comprar dEle. Estais aprendendo a vos dirigir a Deus em todas as vossas aflições; e, à medida que aprendeis essas preciosas lições de fé, haveis de ensinar as mesmas a outros. Assim estareis levando o povo continuamente para um mais elevado nível de experiência. OE 419 2 O presidente de uma associação local, por sua maneira de lidar, educa os ministros que se acham sob sua jurisdição, e igualmente o pode fazer quanto às igrejas, de tal maneira, que não será necessário chamar do campo os ministros da associação para ajustar as dificuldades e dissensões que haja na igreja. Se os oficiais da associação, como servos fiéis, cumprirem os deveres que lhes são indicados pelo Céu, não se deixará o trabalho em nossas associações ficar emaranhado em perplexidades, como tem acontecido até agora. E ao trabalhar assim, os obreiros se tornarão homens sólidos, de responsabilidade, que não fracassarão, nem ficarão desanimados num lugar difícil. OE 419 3 Existe Alguém que é poderoso para salvar inteiramente a todos quantos a Ele se chegam. Não é ampla e plena a promessa: "Vinde a Mim todos os que andais em trabalho, e vos achais carregados, e Eu vos aliviarei"? Mateus 11:28 (TB). Por que somos nós tão indispostos a nos chegar diretamente à Fonte de nossa força? Não nos temos afastado do Senhor a esse respeito? Não deveriam nossos ministros e presidentes de associações aprender de onde lhes vem auxílio?... Mudança de obreiros OE 419 4 É-me perguntado se não é um erro remover o presidente de uma associação local para um novo campo, quando muitas das pessoas que se acham sob sua direção, se mostram contrárias a deixá-lo ir. OE 420 1 O Senhor foi servido de me conceder luz a esse respeito. Foi-me mostrado que se não devem reter ministros no mesmo distrito ano após ano, nem o mesmo homem deve por muito tempo presidir sobre uma associação. Uma permuta de dons é conveniente ao bem de nossas associações e igrejas. OE 420 2 Às vezes os ministros se têm sentido indispostos a mudar de campo de trabalho; mas, se entendessem todas as razões para se fazerem mudanças, não haviam de puxar para trás. Alguns têm pedido para ficar mais um ano no mesmo campo, e muitas vezes o pedido tem sido tomado em consideração. Eles alegavam ter planos para executar uma obra mais ampla do que anteriormente. Ao fim do ano, porém, o estado de coisas era pior. Se um ministro tem sido infiel em sua obra, não é provável que emende isso por ficar. As igrejas se habituam à direção desse homem, e pensam que devem olhar para ele em lugar de olharem para Deus. Suas idéias e planos têm uma força dominante na associação. OE 420 3 O povo talvez veja que ele erra em seu critério, e por isso são induzidos a ter em pouca estima o ministério. Se olhassem a Deus, e confiassem na sabedoria celestial, estariam obtendo uma experiência do mais alto valor, e seriam capazes de, por si mesmos, suprir, pelo menos a muitos respeitos, o que falta ao superintendente do rebanho. Mas muitas vezes as coisas são deixadas correr à vontade, sendo o presidente tido como responsável pelas condições das igrejas da associação, ao passo que os membros das mesmas se deixam ficar indiferentes, mornos, nada fazendo para pôr as coisas em ordem. OE 421 1 Talvez o presidente não sinta a necessidade de se santificar a si mesmo, para que os outros se santifiquem. Talvez seja um atalaia infiel, pregando para agradar ao povo. Muitos são fortes em certos traços de caráter, ao passo que noutros são fracos e deficientes. Conseqüentemente, revela-se falta de eficiência em alguns ramos da obra. Continuasse o mesmo homem como presidente de uma associação ano após ano, e seus defeitos se reproduziriam nas igrejas a seu cargo. Mas um obreiro pode ser forte nos pontos em que seu irmão é fraco, e assim, permutando os campos de trabalho, um pode, até certo ponto, suprir as deficiências do outro. OE 421 2 Se todos fossem plenamente consagrados a Deus, essas assinaladas imperfeições de caráter não existiriam; mas uma vez que os obreiros não satisfazem a norma divina, uma vez que misturam o eu com toda a sua obra, o melhor, tanto para eles como para as igrejas, é fazer freqüentes mudanças. E, por outro lado, se um obreiro é espiritualmente forte, é pela graça de Cristo, uma bênção às igrejas, e seus trabalhos são necessários em várias associações. OE 421 3 Encontramo-nos em tempos de particular perigo da parte de inimigos externos e internos, e Deus vos quer alertar para tudo quanto se relaciona com vossa obra especial. Não necessitais buscar fazer coisa alguma sem o especial auxílio de vosso Pai celestial. Ele espera que O invoqueis, para que possa dizer: "Eis-Me aqui." Se O buscardes, Ele diz que há de ser achado por vós; Sua força, Sua graça e Sua justiça serão outorgadas ao humilde e contrito que O busca de todo o coração. ------------------------Capítulo 91 -- Os ministros e os negócios OE 422 1 Foram-me dadas instruções quanto à importância de nossos ministros se manterem livres das responsabilidades que devem, em grande medida, pesar sobre os homens de negócios. Encontrava-me uma noite, em visão, numa reunião de vários de nossos irmãos que têm o encargo da obra. Eles se achavam profundamente perplexos relativamente a questões financeiras, e se consultavam acerca da maneira pela qual a obra poderia ser dirigida com mais êxito. Pensavam alguns que o número dos obreiros devia ser limitado, conseguindo-se apesar disso todos os resultados essenciais. Um dos irmãos, que ocupava uma posição de responsabilidade, estava expondo seus planos e declarando o que ele desejava ver executado. Vários outros apresentaram pontos a considerar. Então ergueu-Se Alguém de dignidade e autoridade, e passou a expor princípios para nossa orientação. A vários ministros, disse Aquele que falava: OE 422 2 "Vossa obra não é o manejo de questões financeiras. Não é sábio de vossa parte o empreendê-lo. Deus tem encargos para vós, mas se dirigis ramos de trabalho para os quais não sois aptos, vossos esforços em apresentar a Palavra serão mal-sucedidos. Isso vos trará um desânimo que vos tornará incapazes para a verdadeira obra que deveríeis executar -- uma obra que exige cuidadoso discernimento, e juízo são e desinteressado." OE 422 3 Os que se acham empregados para escrever e falar a Palavra, devem assistir a menos reuniões de comissões. Devem confiar muitas questões de menor importância a homens de aptidões financeiras, evitando assim o manterem-se numa contínua tensão que lhes roube à mente o vigor natural. Devem dar muito mais atenção à conservação da saúde física; pois o vigor mental depende grandemente do físico. Os devidos períodos de sono e repouso, e abundância de exercício corporal, são essenciais à saúde física assim como à mental. Roubar à natureza suas horas de repouso e restauração, por permitir-se a um homem fazer o trabalho de quatro, ou de três, ou mesmo de dois, dará em resultado perda irreparável. Preparo no ramo comercial OE 423 1 Os que julgam que as aptidões de um homem para certo cargo o habilitam para ocupar várias outras posições, são capazes de cometer erros ao fazer planos para o avançamento da obra. São suscetíveis de colocar sobre uma pessoa os cuidados e encargos que se deviam dividir entre várias. OE 423 2 A experiência é de grande valor. O Senhor deseja ver relacionados com Sua obra homens inteligentes, aptos para vários cargos de confiança em nossas associações e instituições. Necessitam-se especialmente consagrados homens de negócios, homens que ponham em toda a transação comercial os princípios da verdade. Os que têm a seu cargo questões de finanças, não devem assumir outras responsabilidades, às quais sejam incapazes de fazer face; tampouco deve a gerência da parte comercial ser confiada a homens incompetentes. Os que têm a seu cargo a obra, têm errado por vezes, permitindo a indicação de homens destituídos de tato e habilidade para gerirem importantes interesses financeiros. OE 423 3 Homens prometedores no ramo comercial devem desenvolver e aperfeiçoar seus talentos mediante um estudo completo, e prática. Devem ser estimulados a colocar-se num lugar em que, como alunos, possam adquirir rapidamente o conhecimento dos corretos princípios e métodos comerciais. Nenhum homem de negócios atualmente ligado à causa necessita de servir como aprendiz. Se há em qualquer ramo de trabalho, homens que devam aproveitar suas oportunidades para tornar-se sábios e eficientes, esses são os que estão empregando sua capacidade na obra de estabelecer o reino de Deus em nosso mundo. Dado o fato de vivermos tão próximos do encerramento da história deste mundo, deve haver maior exatidão no trabalho, mais vigilante expectativa, mais vigiar, orar e trabalhar. O instrumento humano deve-se esforçar por alcançar a perfeição, a fim de ser um cristão ideal, completo em Cristo Jesus. São essenciais princípios corretos OE 424 1 Os que trabalham nos ramos comerciais devem tomar toda precaução contra o errar devido a princípios ou métodos errôneos. Seu relatório deve ser como o de Daniel na corte de Babilônia. Quando todas as suas transações comerciais eram submetidas ao mais rigoroso exame, não se podia encontrar nem uma falta. O registro de sua vida comercial, embora incompleto, contém lições dignas de consideração. Revela que um homem de negócios não é necessariamente um homem de planos dolosos, um astuto. Pode ser um homem instruído por Deus a cada passo. Ao mesmo tempo que era primeiro-ministro do rei de Babilônia, Daniel era profeta de Deus, recebendo a luz por inspiração celestial. Sua vida é exemplo do que cada homem de negócios cristão pode ser. ... OE 424 2 A causa de Deus encontra-se, neste tempo, em necessidade de homens e mulheres possuidores de raras qualidades e boas aptidões administrativas; homens e mulheres que investiguem paciente e inteiramente as necessidades da obra nos vários campos; que sejam dotados de grande capacidade de trabalho; que possuam coração fervoroso e bondoso, cabeça refletida, bom senso, juízo imparcial; que sejam santificados pelo Espírito de Deus, e possam dizer destemidamente Não, ou Sim, ou Amém, aos planos propostos; que tenham fortes convicções, entendimento claro, e coração puro e compassivo; que ponham em prática as palavras: "Todos vós sois irmãos" (Mateus 23:8); que se esforcem por erguer e restaurar a humanidade caída. -- Testimonies for the Church 7:246-249. OE 425 1 Não poucos são os ministros que estão negligenciando o próprio trabalho para cuja realização foram designados. Por que são aqueles que foram destinados para o ministério colocados em comissões e mesas? Por que são solicitados a assistir a tantas reuniões de negócios, muitas vezes a grandes distâncias de seu campo de trabalho? Por que não são as questões comerciais postas nas mãos dos homens de negócios? Os ministros não foram separados para fazer essa obra. As finanças da causa devem ser manejadas por homens hábeis; mas aqueles foram separados para outro ramo de trabalho. ... OE 425 2 Os ministros não devem ser chamados para aqui e para ali para assistir a reuniões de mesas a fim de decidir questões de negócios comuns. Muitos de nossos ministros têm feito essa obra no passado, mas não é aquela em que o Senhor deseja que eles se empenhem. Demasiados encargos financeiros têm sido postos sobre eles. Quando procuram desempenhar-se dos mesmos, negligenciam o cumprimento da comissão evangélica. Deus considera isso como uma desonra ao Seu nome. -- Testimonies for the Church 7:254, 255. ------------------------Capítulo 92 -- O cuidado pelos obreiros OE 426 1 Deve-se tomar alguma providência quanto ao cuidado para com os ministros e outros fiéis servos de Deus, que, devido a se exporem ou a trabalharem em excesso em Sua causa, adoeceram e necessitam de repouso e restauração, ou que, devido à idade e à perda de saúde não são mais capazes de levar encargos e suportar o calor do dia. Os ministros são muitas vezes designados para um campo de trabalho que eles sabem que lhes será prejudicial à saúde; mas, não querendo recuar diante de lugares probantes, arriscam-se, esperando ser um auxílio e uma bênção para o povo. Depois de algum tempo verificam que sua saúde decai. Experimenta-se uma mudança de clima e de trabalho, sem produzir benefício; e então, que hão de eles fazer? OE 426 2 Esses fiéis obreiros de Deus que, por amor de Cristo renunciaram às perspectivas oferecidas pelo mundo, preferindo a pobreza aos prazeres ou fortuna; que, esquecidos de si mesmos, trabalharam ativamente para atrair almas a Cristo; que deram liberalmente para fazer avançar vários empreendimentos na causa de Deus, tombando na batalha, fatigados e doentes, e sem meios de subsistência, não devem ser deixados a lutar na pobreza e no sofrimento, ou sentir-se como pobres. Ao sobrevir-lhes doença ou enfermidade, não se deixem nossos obreiros sentir-se sobrecarregados com a ansiosa interrogação: "Que será de minha esposa, de meus filhos, agora que não posso mais trabalhar e suprir-lhes as necessidades?" É simplesmente justo que se tomem providências para satisfazer às necessidades desses obreiros fiéis, e dos que deles dependem. OE 427 1 Provê-se generosamente a manutenção dos veteranos que combateram por sua pátria. Esses homens apresentam as cicatrizes e enfermidades que os acompanham por toda a vida, revelando os perigosos conflitos em que se empenharam, suas marchas forçadas, as intempéries a que se expuseram, seus sofrimentos nas prisões. Todas essas provas de sua lealdade e sacrifício, dão-lhes um justo direito para com a nação que ajudaram a salvar -- direito que é reconhecido e honrado. Que providências, entretanto, têm tomado os adventistas do sétimo dia a respeito dos soldados de Cristo? OE 427 2 Nosso povo não tem sentido como deve, a necessidade disso, e daí ter sido essa questão negligenciada. As igrejas não se têm preocupado, e embora a luz da Palavra de Deus lhes haja iluminado o caminho, têm negligenciado esse mui sagrado dever. Essa negligência quanto a Seus fiéis servos tem desagradado sobremodo ao Senhor. Nosso povo deve ser tão pronto a auxiliar essas pessoas quando em circunstâncias adversas, como o foi para aceitar seus recursos e serviços enquanto elas se achavam com saúde. OE 427 3 Deus colocou sobre nós a obrigação de dar especial atenção aos pobres de entre nós. Mas esses ministros e obreiros não devem ser classificados entre os pobres. Eles constituíram para si mesmos, no Céu, um tesouro que não falta. Serviram a associação em suas necessidades, e agora a associação os deve servir a eles. OE 427 4 Quando se nos apresentam casos dessa espécie, não os devemos passar por alto, indo a outra coisa. Não devemos dizer: "Aquentai-vos, e fartai-vos" (Tiago 2:16), sem tomarmos ativas providências para lhes suprir as necessidades. Isso se tem feito no passado, e assim os adventistas têm, em certos casos, desonrado sua profissão de fé, e dado ao mundo ocasião de censurar a causa de Deus. OE 428 1 É agora o dever do povo de Deus afastar de si esse opróbrio, provendo a esses servos do Senhor lares confortáveis, com alguns poucos hectares de terra, nos quais possam cultivar seus produtos e sentir que não dependem da caridade dos irmãos. Com que prazer e tranqüilidade haviam de esses fatigados obreiros contemplar esse pequenino lar sossegado, onde seus justos direitos ao descanso fossem reconhecidos!... Nossos sanatórios como refúgio para os obreiros OE 428 2 Muitas vezes esses ministros necessitam de especial cuidado e tratamento. Nossos sanatórios devem ser um refúgio para eles, e para todos os nossos esgotados obreiros necessitados de repouso. Devem-se prover quartos onde eles possam desfrutar uma mudança e descanso, sem a contínua ansiedade das despesas a satisfazer. Quando os discípulos estavam cansados do trabalho, Cristo lhes disse: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." Marcos 6:31. Ele quer que se tomem medidas, de modo que Seus servos hoje tenham oportunidade de repouso e restabelecimento das energias. Nossos sanatórios se devem abrir aos nossos operosos ministros, que fizeram tudo a seu alcance para garantir fundos para a edificação e sustento dessas instituições; e, em qualquer tempo em que eles se encontrem na necessidade das vantagens aí oferecidas, devem fazer com que eles se sintam como em casa. OE 428 3 Esses obreiros não deviam, em tempo algum, ter de pagar preços elevados pela pensão e tratamento, nem ser considerados como mendigos, ou levados de qualquer modo a se sentir como tais por aqueles cuja hospitalidade recebem. Manifestar liberalidade no uso dos recursos que Deus proveu para Seus gastos e extenuados servos, é, aos Seus olhos, genuíno trabalho missionário. Os obreiros de Deus acham-se ligados a Ele, e quando são recebidos, convém lembrar que se recebe a Cristo na pessoa de Seus mensageiros. Assim Ele o requer, e é desonrado e Se desagrada quando eles são tratados indiferentemente, com mesquinhez ou egoísmo. A bênção de Deus não acompanha um tratamento dessa espécie dado a qualquer de Seus escolhidos. OE 429 1 Entre a irmandade médica nem sempre tem havido certa agudeza de percepção para discernir essas coisas. Alguns não as têm considerado como deviam. Que o Senhor santifique a percepção dos que têm a direção de nossas instituições, a fim de que saibam quem deve ter verdadeira simpatia e cuidado. O ramo da causa pelo qual esses cansados obreiros trabalham, deve mostrar apreço por seus labores, auxiliando-os no tempo de necessidade, partilhando assim largamente com o sanatório nas despesas. Alguns obreiros se acham em posição que lhes permite pôr de parte um pouco do salário; e assim devem fazer, se possível, a fim de enfrentar a uma emergência; todavia, mesmo esses devem ser recebidos como uma bênção para o sanatório. OE 429 2 Mas a maior parte de nossos obreiros têm muitas e grandes obrigações a satisfazer. Todas as vezes que se necessita de dinheiro, eles são solicitados a ajudar, a abrir o caminho, para que a influência de seu exemplo possa estimular os outros a serem liberais, e a causa de Deus progrida. Eles sentem tão intenso desejo de implantar o estandarte em novos campos, que muitos tomam mesmo dinheiro emprestado para ajudar em vários empreendimentos. Não deram de má vontade, mas sentiram que era um privilégio trabalhar pelo avançamento da verdade. Atendendo assim aos pedidos de meios, ficaram muitas vezes com bem pouco excedente. OE 430 1 O Senhor tem mantido um relatório exato de sua liberalidade para com a causa. Sabe a boa obra que eles têm feito, obra de que os obreiros mais jovens não possuem a concepção. Ele tem sido conhecedor de todas as privações e renúncias da parte desses obreiros. Tem registrado todas as circunstâncias desses casos. Tudo se acha escrito nos livros. Esses obreiros são um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens; e são uma lição prática para provar a sinceridade de nossos princípios religiosos. O Senhor quer que nosso povo compreenda que os pioneiros nesta obra merecem tudo quanto nossas instituições puderem fazer por eles. Deus nos pede compreender que aqueles que envelheceram ao Seu serviço merecem nosso amor, nossa honra, nosso profundo respeito. Um fundo para obreiros OE 430 2 Deve-se instituir um fundo para os obreiros que não podem mais trabalhar. Não podemos estar livres de culpa diante de Deus, a menos que façamos todo esforço que é justo a esse respeito, e isso sem demora. Existem entre nós alguns que não vêem a necessidade desse movimento; sua oposição, porém, não deve ter nenhuma influência sobre nós. Os que propõem em seu coração ser justos e fazer o que é justo, devem agir firmemente e para diante, para realização de uma boa obra; obra que o Senhor requer que se faça. -- Testimonies for the Church 7:290-294. ------------------------Capítulo 93 -- Casas de culto OE 431 1 Em se despertando qualquer interesse numa vila ou cidade, esse interesse deve ser secundado. Os lugares devem ser completamente trabalhados, até que se erga uma humilde casa de culto como sinal, como monumento do sábado de Deus, como uma luz entre as trevas morais. Esses monumentos devem aparecer em muitos lugares, como testemunhos da verdade. Em Sua misericórdia, Deus providenciou para que os mensageiros do evangelho vão a todos os países, línguas e povos, até que o estandarte da verdade seja estabelecido em todas as partes do mundo habitado. OE 431 2 Onde quer que surja um grupo de crentes, deve-se construir uma casa de culto. Não deixem os obreiros o lugar sem fazer isso. OE 431 3 Em muitos lugares onde se tem pregado a verdade, os que a têm aceitado não dispõem de muitos recursos, e pouco podem fazer quanto a garantir certas vantagens que recomendem a obra. Muitas vezes isso torna difícil o estender a mesma. À medida que as pessoas ficam interessadas na verdade, os ministros de outras igrejas lhes dizem -- e essas palavras são ecoadas pelos membros das ditas igrejas: "Esse povo não tem igreja, e não tendes lugar de culto. Sois um grupinho, pobre e ignorante. Em breve os ministros irão embora, e o interesse há de desaparecer. Então haveis de abandonar essas novas idéias que tendes recebido." Acaso supomos que isso não traz uma forte tentação aos que vêem as razões de nossa fé, e são convencidos pelo Espírito de Deus quanto à verdade presente? OE 432 1 Repete-se muitas vezes que, de um pequeno começo se pode desenvolver um grande interesse. Se manifestarmos em promover os interesses do reino de nosso Redentor, sabedoria, santificado discernimento e hábil direção, havemos de fazer tudo ao nosso alcance para dar ao povo a certeza da estabilidade de nossa obra. Erigir-se-ão humildes santuários, onde os que aceitam a verdade encontram um lugar em que adorar a Deus de acordo com os ditames de sua consciência. OE 432 2 Sempre que seja possível, ao serem dedicadas a Deus, encontrem-se as igrejas livres de dívidas. Quando se edifica uma igreja, ergam-se os membros da mesma e edifiquem. Sob a direção de um ministro que seja guiado pelos conselhos de seus companheiros de ministério, trabalhem os recém-conversos com suas próprias mãos, dizendo: "Precisamos de uma casa de reuniões, e é mister que a possuamos." Deus pede a Seu povo que faça animosos e unidos esforços em Sua causa. Faça-se assim, e em breve se ouvirão vozes de ações de graças: "Que coisas Deus tem feito!" OE 432 3 Existem, entretanto, casos em que uma jovem igreja não é capaz de arcar imediatamente com todo o peso de ereção de uma casa de culto. Em casos tais, ajudem-na os irmãos de outras igrejas. Em alguns casos será preferível tomar algum dinheiro emprestado, a deixar de construir. Se alguém tem dinheiro e, depois de dar o que lhe é possível, emprestar, seja sem juros, seja a um juro módico, seria justo empregar o dinheiro até que seja possível satisfazer o compromisso. Mas, repito, sendo possível, os edifícios de igrejas devem ser dedicados livres de débito. OE 432 4 Em nossas igrejas, os assentos não devem ser alugados. Os ricos não devem ser honrados acima dos pobres. Não se façam distinções. "Todos vós sois irmãos." Mateus 23:8. OE 433 1 Não devemos fazer ostentação em nenhuma de nossas igrejas, pois isso não haveria de dar impulso à obra. Nossa economia deve dar testemunho de nossos princípios. Devemos empregar métodos de trabalho que não sejam transitórios. Tudo deve ser feito com solidez. ... OE 433 2 Foi-me apresentado o modo frouxo de certas igrejas quanto a manter-se em dívidas e nelas andar. Em alguns casos, encontra-se um contínuo compromisso sobre a casa de Deus. Há um juro contínuo a ser pago. Isso não deve ser, nem é necessário que assim seja. Se se manifesta pelo Mestre aquela sabedoria, e tato, e zelo que Deus requer, efetuar-se-á uma mudança nessas coisas. As dívidas serão liquidadas. Deus pede as ofertas dos que podem dar, e mesmo os membros mais pobres podem fazer sua pequena parte. A abnegação habilitará todos a fazerem qualquer coisa. Tanto velhos como moços, pais como filhos, têm de mostrar sua fé por suas obras. Que os membros da igreja sejam vigorosamente impressionados quanto à necessidade de desempenhar cada um sua parte. Faça cada um o mais que lhe for possível. Quando há vontade de fazer, Deus abre o caminho. Não é Seu desígnio que Sua obra seja entravada por dívidas. OE 433 3 Deus pede sacrifício individual. Isso não trará somente prosperidade financeira, mas também espiritual. A abnegação e o sacrifício próprio hão de operar maravilhas no avançamento espiritual da igreja. ... OE 433 4 A pergunta que cada cristão tem de dirigir a si mesmo como prova, é: "Tenho eu, no mais íntimo de minha alma, um supremo amor por Cristo? Amo eu Seu tabernáculo? Não será o Senhor honrado por eu tornar Sua sagrada instituição minha consideração primeira? É meu amor por Deus e meu Redentor, bastante forte para me levar a renunciar o próprio eu? Quando tentado para me entregar a prazer ou diversão egoísta hei de eu dizer: Não, não gastarei coisa alguma para meu próprio prazer, enquanto a casa de Deus se achar sobrecarregada de dívidas?" OE 434 1 Nosso Redentor reclama muito mais do que Lhe damos. O próprio eu interpõe seus desejos de ser o primeiro; mas o Senhor exige o coração inteiro, a inteira afeição. Ele não entrará aí em segundo lugar. E não deve Cristo possuir nossa primeira e mais elevada consideração? Não exigirá Ele essa prova de nosso respeito e lealdade? Essas coisas se acham no fundo da própria vida de nosso coração, no círculo familiar e na igreja. Se o coração, a alma, as energias, a vida são consagrados inteiramente a Deus, se as afeições Lhe são inteiramente dedicadas, haveremos de torná-Lo supremo em todo o nosso serviço. Quando nos acharmos em harmonia com Deus, a idéia de Sua honra e glória sobrepujará a tudo mais. Pessoa alguma é a Ele preferida em nossas dádivas e ofertas. Temos a consciência do que significa ser sócios de Cristo na sagrada firma. OE 434 2 A casa onde Deus Se encontra com Seu povo será querida e sagrada a qualquer de Seus filhos leais. Não se permitirá que ela seja embaraçada com dívidas. Consentir em tal coisa, afigurar-se-ia quase o mesmo que negardes a vossa fé. Estareis prontos a fazer um grande sacrifício pessoal, contanto que possais ter uma casa livre de compromissos, onde Deus Se encontre com Seu povo e o abençoe. OE 434 3 Toda dívida de nossas casas de culto pode ser paga, se os membros da igreja tomarem sábias medidas, desenvolvendo ativos e zelosos esforços para cancelar a dívida. E em todos os casos em que se salde uma dívida, seja realizada uma reunião de ação de graças, a qual será como uma nova consagração a Deus, de Sua casa. -- Testimonies for the Church 6:100-104. OE 435 1 A necessidade de uma casa de reuniões, no lugar em que há um grupo de crentes recém-organizado, foi-me apresentada numa vista panorâmica. Vi operários construindo humildes casas de culto. Aqueles que se haviam pouco antes convertido à fé, estavam auxiliando com mãos voluntárias, e os que possuíam recursos ajudavam com seus meios. No pavimento inferior da igreja, acima do solo, estava preparada uma escola para as crianças, e para aí era enviada uma professora. Não havia grande número na escola, mas era um feliz começo. Ouvi os cânticos das crianças e dos pais: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." "Louvai ao Senhor. Ó, minha alma, louva ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver." Salmos 127:1; 146:1, 2. OE 435 2 O estabelecimento de igrejas, a edificação de casas de reuniões e edifícios escolares, estendia-se de cidade a cidade, e o dízimo crescia para ajudar a levar avante a obra. Construíam-se edifícios não somente num lugar, mas em muitos, e o Senhor estava operando para aumentar Suas forças. OE 435 3 Nessa obra todas as classes hão de ser atingidas. Quando o Espírito Santo operar entre nós, almas que não se acham preparadas para o aparecimento de Jesus hão de ser convencidas. Vêm às nossas reuniões, e são convertidos muitos que, durante anos não assistiram a reuniões em igreja alguma. A simplicidade da verdade lhes toca o coração. Os adoradores do fumo sacrificam seu ídolo, e os bebedores de bebidas alcoólicas, fazem o mesmo. Eles não o poderiam fazer, se não se apoderassem pela fé, das promessas de Deus, quanto ao perdão de seus pecados. OE 436 1 A verdade, segundo se encontra na Palavra, chega a elevados e humildes, ricos e pobres; aqueles que recebem a mensagem tornam-se coobreiros nossos e de Deus, e ergue-se uma força poderosa para trabalhar harmonicamente. Esta é nossa obra. Não deve ser negligenciada no trabalho de nenhuma de nossas reuniões campais. É parte de toda missão evangélica. Em vez de empregar todo talento no trabalho em favor dos mais humildes párias, devemos buscar, em toda parte, suscitar um grupo de crentes que se unam conosco em elevar a norma da verdade, e trabalhar pelos ricos. Então, ao estarem as igrejas estabelecidas, haverá um acréscimo de auxiliares para trabalhar pelos deserdados da sorte e os párias. -- General Conference Bulletin, Março de 1899. OE 436 2 Muitas pessoas que não pertencem a nossa fé, estão anelando o próprio auxílio que os cristãos têm o dever de dar. Caso o povo de Deus mostrasse genuíno interesse em seu próximo, muitos seriam alcançados pelas verdades especiais para este tempo. Coisa alguma dará, ou jamais poderá dar reputação à obra, como ajudar o povo indo ao seu encontro onde se acham. -- Testemunhos Seletos 2:518. ------------------------Capítulo 94 -- Exame para o ministério OE 437 1 Não devem ser animados a ir para o campo como ministros, homens que não dêem inequívocas provas de haverem sido chamados por Deus. O Senhor não confia o cuidado de Seu rebanho a indivíduos não habilitados. Os que Deus chama, devem ser homens de profunda experiência, experimentados e provados, homens de um são discernimento, homens que ousem reprovar o pecado num espírito de mansidão, e que compreendam a maneira de alimentar o rebanho. Deus conhece os corações e sabe a quem escolher. -- Testimonies for the Church 1:209. OE 437 2 Pouco se tem feito quanto a examinar ministros; e por essa mesma razão as igrejas têm recebido os serviços de homens não convertidos, ineficientes, que têm acalentado o povo para adormecer, em lugar de o despertar para zelo e atividade maiores na causa de Deus. Há ministros que vêm ao culto de oração, e dizem sempre, sempre as mesmas velhas orações sem vida; pregam os mesmos discursos secos de semana a semana, de mês a mês. Não têm nada de novo e inspirador a apresentar a sua congregação, e isso é uma demonstração de que não são participantes da natureza divina. Cristo não está habitando no coração pela fé. OE 437 3 Os que professam guardar e ensinar a santa lei de Deus, e todavia estão continuamente a transgredi-la, são pedras de tropeço tanto aos pecadores como aos crentes na verdade. A maneira frouxa, negligente em que eles consideram a lei de Jeová e o dom de Seu Filho, é um insulto a Deus. A única maneira por que podemos corrigir esse espalhado erro, é examinar atentamente todo aquele que se quer tornar um ensinador da Palavra. Aqueles sobre quem repousa essa responsabilidade, devem-se informar de sua história desde a época em que professou crer na verdade. Sua experiência cristã e seu conhecimento das Escrituras, a maneira por que observa a verdade presente, tudo deve ser compreendido. Ninguém deve ser aceito como obreiro na causa de Deus, enquanto não tornar manifesto que possui uma experiência real e viva nas coisas de Deus. OE 438 1 Aqueles que se acham a ponto de entrar para ensinar a verdade bíblica ao mundo, devem ser cuidadosamente examinados por pessoas fiéis e experientes. Depois de terem alguma experiência, há ainda outro trabalho a ser feito quanto a eles: devem ser apresentados ao Senhor em fervorosa oração, a fim de que Ele indique, por Seu Santo Espírito, se são aceitos aos Seus olhos. Diz o apóstolo: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos." 1 Timóteo 5:22. Nos dias dos apóstolos, os ministros de Deus não ousavam confiar em seu próprio juízo quanto à escolha ou aceitação de homens para tomar a solene e sagrada posição de porta-voz de Deus. Eles escolhiam os homens segundo o seu juízo, e depois os punham perante o Senhor, a ver se Ele os aceitaria como representantes Seus. Nada menos do que isso se deve fazer agora. OE 438 2 Encontramos em muitos lugares homens que foram postos à pressa em cargos de responsabilidade como anciãos de igrejas, quando não se acham habilitados para ocupar tal posição. Não têm o devido domínio de si mesmos. Não exercem boa influência. A igreja se acha continuamente em perturbação em conseqüência do caráter defeituoso dos dirigentes. As mãos foram muito precipitadamente impostas sobre esses homens. OE 439 1 Os ministros de Deus devem ser homens de boa reputação, capazes de dirigir com prudência o interesse por eles despertado. Achamo-nos em grande necessidade de homens competentes, que tragam honra e não ignomínia à causa que representam. OE 439 2 Os ministros devem ser examinados especialmente a ver se possuem uma clara compreensão da verdade para este tempo, de modo a poderem apresentar um bem concatenado discurso sobre as profecias ou sobre assuntos práticos. Se eles não podem apresentar com clareza assuntos bíblicos, precisam ouvir e aprender ainda. A fim de serem mestres da verdade bíblica, devem investigar as Escrituras com zelo e oração, familiarizando-se com elas. Tudo isso deve ser considerado cuidadosamente e com oração, antes de se mandarem homens para o campo de trabalho. -- Testimonies for the Church 4:406, 407. OE 439 3 Em Timóteo, Paulo viu alguém que apreciava a santidade da obra de um ministro; que não se atemorizava ante a perspectiva de sofrimento e perseguição; que estava pronto a ser ensinado. Todavia o apóstolo não se arriscou a tomar a responsabilidade de exercitar Timóteo, jovem não provado, para o ministério evangélico, sem primeiro certificar-se plenamente quanto a seu caráter e vida passada. OE 440 1 O pai de Timóteo era grego, e sua mãe judia. Desde criança ele conhecia as Escrituras. A piedade que ele presenciara em sua vida doméstica era sã e sensata. A confiança de sua mãe e de sua avó nos sagrados oráculos, lembravam-lhe continuamente as bênçãos que há em fazer a vontade de Deus. A Palavra de Deus era a regra pela qual essas duas piedosas mulheres haviam guiado Timóteo. O poder espiritual das lições que delas recebera conservou-o puro na linguagem, e incontaminado pelas más influências de que se achava rodeado. Assim a instrução recebida através do lar havia cooperado com Deus em prepará-lo para assumir responsabilidades. OE 440 2 Paulo viu que Timóteo era fiel, firme e leal, e escolheu-o como companheiro de trabalho e de viagem. Os que haviam ensinado Timóteo na infância foram recompensados com vê-lo, ao filho de seu cuidado, ligado em íntima associação com o grande apóstolo. ... OE 440 3 Paulo amava a Timóteo, seu "verdadeiro filho na fé". 1 Timóteo 1:2. O grande apóstolo muitas vezes puxava pelo discípulo mais moço, interrogando-o acerca da história escriturística; e enquanto viajavam de um lugar para outro, ensinava-lhe cuidadosamente a maneira de trabalhar com êxito. Tanto Paulo como Silas, em todas as suas relações com Timóteo, procuravam aprofundar a impressão que já se fizera em seu espírito quanto à natureza sagrada e séria da obra do ministro evangélico. -- Atos dos Apóstolos, 203, 204. OE 440 4 Em sua obra, Timóteo buscava de Paulo constantemente conselho e instrução. Não agia por impulso, mas consideradamente e com calma reflexão, indagando a cada passo: É este o caminho do Senhor? -- Atos dos Apóstolos, 205. ------------------------Capítulo 95 -- Ordenação OE 441 1 "E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão, chamado Níger, e Lúcio cireneu, e Manaém, ... e Saulo. E servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-Me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado." Atos dos Apóstolos 13:1, 2. Antes de serem enviados como missionários ao mundo pagão, esses apóstolos foram solenemente consagrados a Deus com jejum e oração e a imposição das mãos. Assim foram eles autorizados pela igreja não somente para ensinar a verdade, mas para realizar o rito do batismo e organizar igrejas, achando-se investidos de plena autoridade eclesiástica. OE 441 2 A igreja cristã estava a esse tempo entrando numa fase importante. A obra de proclamar a mensagem evangélica entre os gentios devia agora prosseguir com vigor; e, em resultado, a igreja se havia de fortalecer por uma grande colheita de almas. Os apóstolos que tinham sido designados para dirigir essa obra, estariam expostos a suspeitas, preconceitos e ciúmes. Seus ensinos a respeito da demolição da "parede de separação que estava no meio" (Efésios 2:14), a qual por tanto tempo separara o mundo judaico do gentílico, haviam naturalmente de acarretar-lhes a acusação de heresia; e sua autoridade como ministros do evangelho seria posta em dúvida por muitos judeus zelosos e crentes. OE 441 3 Deus previu as dificuldades que Seus servos seriam chamados a enfrentar; e para que sua obra estivesse acima de acusação, instruiu a igreja, mediante revelação, a separá-los publicamente para a obra do ministério. Sua ordenação era um reconhecimento público de sua divina designação para levar aos gentios as boas novas do evangelho. OE 442 1 Tanto Paulo como Barnabé já haviam recebido sua comissão do próprio Deus, e a cerimônia da imposição das mãos não ajuntou à mesma nenhuma graça ou virtual qualificação. Era uma forma reconhecida de designação para um cargo específico bem como da autoridade da pessoa no mesmo. Por ela o selo da igreja era colocado sobre a obra de Deus. OE 442 2 Essa forma era significativa para os judeus. Quando um pai judeu abençoava os filhos, punha-lhes reverentemente as mãos sobre a cabeça. Quando um animal era votado ao sacrifício, a mão daquele que se achava revestido da autoridade sacerdotal colocava-se sobre a cabeça da vítima. E quando os ministros da igreja de crentes de Antioquia puseram as mãos sobre Paulo e Barnabé, pediam, por esse gesto, que Deus concedesse Sua bênção aos escolhidos apóstolos, em sua consagração à obra específica a que haviam sido designados. OE 442 3 Em época posterior, o rito da ordenação mediante a imposição das mãos sofreu muito abuso; ligava-se a esse ato uma insustentável importância, como se sobreviesse de vez um poder aos que recebiam essa ordenação, poder que os habilitasse imediatamente por toda e qualquer obra ministerial. Mas, na separação desses dois apóstolos, não há registro a indicar que fosse qualquer virtude comunicada pelo simples ato da imposição das mãos. Há unicamente o singelo relatório de sua ordenação, e da influência que ela teve em sua obra futura. OE 443 1 As circunstâncias ligadas à separação de Paulo e Barnabé pelo Espírito Santo, para um definido ramo de serviço, mostram claramente que Deus opera mediante designados instrumentos em Sua igreja organizada. Anos atrás, quando o propósito divino a respeito de Paulo foi primeiramente revelado ao mesmo, pelo próprio Salvador, Paulo foi imediatamente depois posto em contato com os membros da recém-organizada igreja de Damasco. Demais, essa igreja não foi por mais tempo deixada na ignorância quanto à experiência pessoal do fariseu convertido. E agora, que a divina comissão então dada devia ser mais plenamente levada a efeito, o Espírito Santo, dando novamente testemunho a respeito de Paulo como um vaso escolhido para levar o evangelho aos gentios, impôs à igreja a obra de ordená-lo e a seu companheiro de trabalho. E enquanto os dirigentes da igreja de Antioquia estavam servindo ao "Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-Me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado". OE 443 2 Deus fez de Sua igreja na Terra um conduto de luz, e, por intermédio dela comunica Seus desígnios e Sua vontade. Ele não dá a um de Seus servos uma experiência independente da experiência da própria igreja, ou a ela contrária. Nem dá a um homem um conhecimento de Sua vontade para toda a igreja enquanto esta -- o corpo de Cristo -- é deixada em trevas. Em Sua providência, Ele coloca Seus servos em íntima relação com a igreja, a fim de que tenham menos confiança em si mesmos, e mais em outros a quem Ele está guiando para levarem avante Sua obra. OE 443 3 Tem havido sempre na igreja os que estão constantemente inclinados à independência individual. Parecem incapazes de compreender que a independência de espírito é suscetível de levar o instrumento humano a ter demasiada confiança em si mesmo, e em seu próprio discernimento, de preferência a respeitar o conselho e estimar altamente a maneira de julgar de seus irmãos, especialmente os que se acham nos cargos designados por Deus para guia de Seu povo. Deus investiu Sua igreja de especial autoridade e poder, por cuja desconsideração e desprezo ninguém se pode justificar; pois aquele que assim procede, despreza a voz de Deus. OE 444 1 Os que são inclinados a considerar como supremo seu critério individual, acham-se em grave perigo. É o estudado esforço de Satanás separar a esses dos que são condutos de luz, e por cujo intermédio Deus tem operado para edificar e estender Sua obra na Terra. Negligenciar ou desprezar aqueles que Deus designou para arcar com as responsabilidades da direção ligadas ao progresso da verdade, é rejeitar o meio ordenado por Ele para auxílio, animação e fortalecimento de Seu povo. Passar qualquer obreiro na causa do Senhor por alto a esses, e pensar que a luz não lhe deve vir por nenhum outro instrumento, mas diretamente de Deus, é assumir uma atitude em que está sujeito a ser iludido pelo inimigo, e vencido. Em Sua sabedoria, o Senhor tem designado que, mediante a íntima relação mantida por todos os crentes, cristão esteja unido a cristão, igreja a igreja. Assim estará o instrumento humano habilitado a cooperar com o divino. Todo agente estará subordinado ao Espírito Santo, e todos os crentes unidos num esforço organizado e bem dirigido para dar ao mundo as alegres novas da graça de Deus. OE 445 1 Paulo considerava a ocasião de sua ordenação formal, como assinalando o início de uma nova e importante época na obra de sua vida. É desse tempo que ele faz datar, depois, o começo de seu apostolado na igreja cristã. -- Atos dos Apóstolos, 160-165. OE 445 2 Foi na ordenação dos doze que se deram os primeiros passos na organização da igreja, que depois da partida de Cristo devia levar avante Sua obra na Terra. A respeito dessa ordenação, diz o relato: "E subiu ao monte, e chamou para Si os que Ele quis; e vieram a Ele. E nomeou doze para que estivessem com Ele e os mandasse a pregar." Marcos 3:13, 14. ... OE 445 3 Com alegria e júbilo, Deus e os anjos contemplavam esta cena. O Pai sabia que por intermédio desses homens haveria de brilhar a luz do Céu, que as palavras por eles ditas ao testemunharem de Seu Filho, haveriam de ecoar de geração em geração, até ao fim dos séculos. OE 445 4 Os discípulos deviam sair como testemunhas de Cristo para anunciar ao mundo o que dEle tinham visto e ouvido. Seu cargo era o mais importante dos cargos a que já haviam sido chamados seres humanos, apenas inferior ao do próprio Cristo. Eles deviam ser obreiros de Deus na salvação dos homens. Como no Velho Testamento os doze patriarcas ocupavam o lugar de representantes de Israel, assim os doze apóstolos representam a igreja evangélica. -- Atos dos Apóstolos, 18, 19. ------------------------Capítulo 96 -- Reuniões de negócios OE 446 1 Em todas as nossas reuniões de negócios, bem como nas religiosas e sociais, queremos ter Jesus ao nosso lado como guia e conselheiro. Não se tenderá à leviandade onde se reconhecer a presença do Salvador. O próprio eu não se fará saliente. Haverá um reconhecimento da importância da obra que se tem de fazer. Um desejo de que os planos a serem feitos sejam dirigidos por Aquele que é poderoso em conselho. OE 446 2 Se acaso fossem abertos os nossos olhos, veríamos anjos do Céu em nossas assembléias. Se nos fosse dado compreender isto, não haveria desejo de apegar-nos às nossas opiniões sobre pontos sem importância, o que tantas vezes retarda o andamento das reuniões e da obra. Se se fizessem mais orações verdadeiras, se mais consideração solene fosse dada a assuntos de valor, mudar-se-ia o tom de nossas reuniões de negócios, tornando-se mais elevado. Todos sentiriam que a assembléia se convocou para delinear planos para o avançamento da obra, e que o objetivo desta é unicamente salvar almas. OE 446 3 Tudo quanto fazemos e dizemos é transferido para os livros do Céu. Não sejamos culpados de fazer descer a obra de Deus ao nível das transações de negócios comuns. Nossa norma deve ser alta; nosso espírito, elevado. OE 446 4 Há sempre alguns que, quando seus irmãos estão empurrando para diante, pensam ser seu dever puxar para trás. Fazem objeções a tudo que é proposto, e combatem todo plano que não partiu deles próprios. Há ali ocasião para as pessoas desenvolverem uma indevida confiança em si mesmas. Nunca aprenderam na escola de Cristo a preciosa e todo-importante lição de se tornar manso e humilde. Não há nada mais difícil para os que são dotados de vontade forte, do que desistir de suas idéias, e submeter-se ao juízo dos outros. É-lhes duro tornar-se suscetíveis de ensino, brandos e cordatos. OE 447 1 É importante, em nossas reuniões de negócios não se perder precioso tempo em debater pontos de pouca importância. O hábito da crítica mesquinha não deve ser alimentado, pois deixa os espíritos perplexos e confundidos, e envolve em mistério as coisas mais claras e simples. Se existir entre os irmãos aquele amor, que os leva a estimar os outros acima de si mesmos, cederão suas próprias idéias e desejos ante os dos outros. É nosso dever estudar, a cada dia e a cada hora a maneira em que podemos atender à oração de Cristo, de que Seus discípulos sejam um, assim como Ele e o Pai são um. Preciosas são as lições que se podem aprender por manter diante de nós a oração de nosso Salvador, e fazer a nossa parte para cumprir Seu desejo. OE 447 2 Na parte de negócios que se ligam à obra de Deus, e no manejo das coisas sagradas, nunca seremos demasiado cuidadosos no guardar-nos contra o espírito de irreverência; nunca, nem por um instante, deve a Palavra de Deus ser empregada de maneira fraudulenta, para levar adiante um ponto que estamos ansiosos de ver triunfar. A honra, a integridade e a verdade precisam ser guardadas, custe o que custar ao próprio eu. Todo nosso pensamento, palavra e ação deve ser submetido à vontade de Cristo. OE 448 1 A leviandade é descabida em reuniões em que a solene obra e Palavra de Deus são consideradas. Pediu-se em oração que Cristo presidisse à reunião, e comunicasse Sua sabedoria, Sua graça e justiça. Será coerente tomar uma direção que ofenderá a Seu Espírito, e será contrária a Sua obra? OE 448 2 Conservemos em mente que Jesus Se acha em nosso meio. Então a assembléia será penetrada, da parte do Espírito de Deus, por uma influência que eleva e controla. Manifestar-se-á aquela sabedoria "do alto", que é "primeiramente pura, depois pacífica, ... cheia de misericórdia e de bons frutos" (Tiago 3:17), a qual não pode errar. Em todos os planos e decisões deve haver aquela caridade que "não busca os seus interesses"; que "não suspeita mal"; que "não folga com a injustiça, mas folga com a verdade"; que "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". 1 Coríntios 13:5-7. OE 448 3 Que cada um dos que se assentam em concílios e reuniões de comissões escreva no coração as palavras: Estou trabalhando para o tempo e a eternidade; eu sou responsável perante Deus pelos motivos que me levam à ação. Seja esta a sua divisa. Seja sua a oração do salmista: "Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. Não inclines o meu coração para o mal." Salmos 141:3, 4. -- Testemunhos Seletos 3:198. ------------------------Capítulo 97 -- A justa remuneração para os ministros OE 449 1 Aqueles que se acham empenhados no ministério devem receber nesta vida uma justa remuneração por seu labor. Dedicam todo o seu tempo, pensamento e esforço ao serviço do Mestre; e não está nos desígnios de Deus que o salário que se lhes paga seja insuficiente para suprir as necessidades da família. O ministro que faz sua parte segundo sua capacidade, deve receber aquilo a que faz jus. OE 449 2 Os homens que decidem quanto cada obreiro há de receber, devem esforçar-se sinceramente para corresponder à idéia de Deus em suas decisões. Alguns dos que têm servido em comissões de ajuste de salário têm faltado em discernimento e critério. Por vezes a comissão tem sido composta de homens que não possuíam real compreensão da situação dos obreiros, e que têm repetidamente levado verdadeira opressão e penúria a certas famílias, devido a suas errôneas decisões. Sua administração tem dado lugar ao inimigo para tentar e desanimar os obreiros e, em alguns casos, os tem posto fora da obra. OE 449 3 Deve-se mostrar escrupuloso cuidado no ajustar os salários dos obreiros. Os que são escolhidos para tomar parte nas comissões de salários, devem possuir uma clara percepção, estar familiarizados com o trabalho que estão fazendo. Devem ser "homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza". Êxodo 18:21. OE 449 4 O ministro deve ter certa margem para agir, pois fazem-se muitas solicitações a seus recursos financeiros. Encontra freqüentemente em seu trabalho, pessoas tão pobres, que pouco têm para comer e vestir, e não possuem as necessárias acomodações para dormir. Ele precisa socorrer os que são verdadeiramente necessitados, saciar-lhes a fome e cobrir-lhes a nudez. Também se espera dele que se ponha à frente dos bons empreendimentos, ajude a construir igrejas, e a fazer avançar a causa de Deus em outras terras. OE 450 1 O missionário escolhido por Deus não pode ter residência fixa, mas tem de levar a família de um lugar para outro, muitas vezes de um para outro país. A natureza de seu trabalho assim o exige. Essas freqüentes mudanças, porém, obrigam-no a sérias despesas. Depois, também, para exercer uma boa influência, sua esposa e filhos e ele próprio, devem dar um bom exemplo quanto a vestir-se com decência e correção. Sua aparência pessoal, sua residência e os arredores da mesma -- tudo deve falar em favor da verdade que defendem. Eles devem parecer sempre animados e bem dispostos, a fim de levarem raios de sol aos que necessitam de auxílio. Esses obreiros são muitas vezes obrigados a hospedar os irmãos, e ao mesmo tempo que isso lhes é um prazer, é também uma despesa adicional. OE 450 2 É uma terrível injustiça uma comissão de salários decepcionar um digno ministro que se acha em necessidade de cada moeda que tem sido levado a esperar. O Senhor declara: "Porque Eu, o Senhor, amo o juízo; aborreço o que foi roubado, oferecido em holocausto." Isaías 61:8 (TT). Ele quer que Seu povo manifeste um espírito liberal em todo o seu trato com seus companheiros. O princípio que serve de base a Sua ordem ao antigo Israel: "Não atarás a boca ao boi, quando trilhar" (1 Coríntios 9:9; ver Deuteronômio 25:4), é um princípio que nunca deve ser posto de lado por alguém que tenha de tratar da remuneração dos que se dedicaram ao avançamento da causa de Deus no mundo, e que empregam suas forças em elevar o espírito dos homens da contemplação das coisas terrestres à das celestiais. Deus ama a esses obreiros, e quer que os homens lhes respeitem os direitos. OE 451 1 O sistema de oito horas não encontra lugar no programa do ministro de Deus. Ele deve-se manter de prontidão a qualquer hora. Deve conservar sua vida e energia; pois se é apático e indolente, não pode exercer uma influência salvadora. Se ocupa uma posição de responsabilidade, deve estar preparado para assistir a reuniões de comissão e concílios, passando horas num trabalho cansativo para o cérebro e os nervos, fazendo planos para o avançamento da causa. Essa espécie de trabalho é um pesado encargo para a mente e o corpo. OE 451 2 O ministro que tem uma devida apreciação do serviço, considera-se como servo de Deus pronto a atender a qualquer momento. Quando, com Isaías, ouve a voz do Senhor, dizendo: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" ele responde: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Não pode dizer: Eu me pertenço; farei o que me aprouver com o meu tempo. Ninguém que consagrou a vida à obra de Deus como Seu ministro, vive para si próprio. Sua obra é seguir a Cristo, ser um agente voluntário e um coobreiro do Mestre, recebendo dia a dia Seu Espírito, e agindo como o Salvador fazia, sem vacilar nem ficar desanimado. É escolhido de Deus como fiel instrumento para promover a obra missionária em todas as terras, e cumpre-lhe ponderar bem a vereda que trilha. OE 451 3 Aqueles que nunca suportaram o encargo de tal obra, e que pensam terem os escolhidos e fiéis ministros de Deus uma tarefa fácil, devem ter em mente que as sentinelas de Deus se devem achar constantemente no posto do dever. Seu trabalho não se mede por horas. Ao serem verificados os seus salários, se, por palavra ou por pena, homens egoístas lhes limitam indevidamente os salários, comete-se assim um grande erro. OE 452 1 Os que têm sobre si cargos administrativos em ligação com a causa de Deus, podem-se permitir ser justos e leais; podem-se permitir tratar as coisas segundo os justos princípios. Quando, em tempos de crise financeira, se pensa que os salários devam ser reduzidos, seja publicada uma circular expondo a verdadeira situação, e então indague-se dos empregados da associação se, nessas circunstâncias, eles poderiam passar com menos para o seu sustento. Todos os arranjos feitos com aqueles que se acham ao serviço de Deus, devem ser considerados como uma sagrada transação entre o homem e seu semelhante. Os homens não têm o direito de tratar os obreiros como se fossem objetos inanimados, sem voz ou expressão própria. A esposa do ministro OE 452 2 O ministro é pago por seu trabalho e isso é justo. E se o Senhor dá à esposa da mesma maneira que ao marido, o encargo da obra, e ela dedica seu tempo e energias a visitar as famílias e expor-lhes as Escrituras, embora não lhe hajam sido impostas as mãos da ordenação, ela está realizando uma obra que pertence ao ramo do ministério. Deveria então seu trabalho ser reputado por nada? OE 452 3 Têm-se feito por vezes injustiça a mulheres que trabalham tão dedicadamente como seus maridos, e que são reconhecidas por Deus como necessárias à obra do ministério. O plano de pagar os obreiros homens, e não pagar a suas esposas, as quais partilham de seus labores, não é segundo o mandamento de Deus, e, caso seja seguido em nossas associações, é capaz de desanimar a nossas irmãs de se habilitarem para a obra em que se devem empenhar. Deus é um Deus de justiça, e se os ministros recebem pagamento por seu labor, as esposas, que se consagram à obra com o mesmo desinteresse, devem ser pagas além do ordenado que os maridos recebem, mesmo que elas não o solicitem. OE 453 1 Os adventistas do sétimo dia não devem, de forma alguma, amesquinhar a obra da mulher. Se esta entrega seu serviço doméstico nas mãos de uma auxiliar fiel e prudente, e deixa seus filhos em boa guarda ao passo que ela se ocupa na obra, a associação deve ter a sabedoria de compreender a justiça de remunerá-la. OE 453 2 O Senhor tem uma obra para as mulheres, da mesma maneira que para os homens. Elas podem efetuar uma boa obra para Deus, caso aprendam primeiro na escola de Cristo a preciosa e todo importante lição da mansidão. Importa que não somente usem o nome de Cristo mas que Lhe possuam o Espírito. Importa que andem como Ele andou purificando a alma de tudo quanto contamine. Então serão de benefício aos outros, apresentando-lhes a completa suficiência de Jesus. -- Testemunhos Seletos 2:404. ------------------------Capítulo 98 -- Uma sábia distribuição de meios OE 454 1 Os membros devem contribuir alegremente para a manutenção do ministério. Devem exercer abnegação e economia, a fim de não ficar atrás em nenhum valioso dom. Somos peregrinos e estrangeiros, procurando uma pátria melhor, e toda alma deve fazer com Deus um concerto com sacrifício. O tempo de salvar almas é breve, e tudo quanto não seja necessário para prover necessidades positivas, deve ser levado como oferta de gratidão a Deus. OE 454 2 E é dever dos que trabalham na palavra e na doutrina manifestar um justo espírito de sacrifício. Repousa sobre aqueles que recebem os liberais donativos da igreja, e administram os meios no tesouro de Deus, uma solene responsabilidade. Cumpre-lhes estudar cuidadosamente as providências do Senhor, a fim de discernir onde existe a maior necessidade. Eles têm de ser colaboradores de Cristo no estabelecer Seu reino na Terra, em harmonia com a oração do Salvador: "Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu." Mateus 6:10. OE 454 3 Deve-se considerar a obra em todo o mundo. Novos campos têm de ser penetrados. Lembrem-se nossos irmãos de que se exigem muitos meios e muito trabalho árduo para levar a obra avante em novos campos. OE 454 4 Ao fazer planos para a causa em campos estrangeiros, há a considerar as dificuldades a serem encontradas, devendo-se prestar aos obreiros um voluntário apoio. Aqueles que se encontram à testa dos negócios na sede da causa, têm de examinar detidamente as necessidades dos vários campos; pois eles são os mordomos de Deus, destinados a estender a verdade, a todas as partes do mundo. Eles são inescusáveis, se permanecem em ignorância com respeito às necessidades da obra. Cumpre-lhes conhecer as vantagens e dificuldades de cada campo e depois, com um espírito de interesse altruísta, têm de trabalhar para o avançamento da causa como um todo. OE 455 1 Quando aqueles que têm de destinar às necessidades da obra do Senhor os meios de Seu tesouro, houverem procurado obter uma justa compreensão das condições, deverão aproximar-se do propiciatório pedindo uma clara intuição e sabedoria celestial, a fim de que vejam as necessidades dos países longínquos, bem como dos que lhes ficam mais próximos. Eles nunca hão de buscar o Senhor em vão. Ao pedirem-Lhe que os ajude a fazer avançar a obra nas regiões distantes, hão de receber graça do alto. OE 455 2 Manifeste-se uma desinteressada igualdade no tratar com o corpo de obreiros na pátria e no estrangeiro. Devemos compreender mais e mais que os meios trazidos ao tesouro do Senhor nos dízimos e ofertas de nosso povo, devem ser empregados para a manutenção da obra, não somente na pátria, mas nos campos estrangeiros. Os que residem em lugares onde a obra se acha há muito estabelecida, devem limitar suas supostas necessidades, de maneira que a obra em novos campos possa ir avante. Há, nas instituições já há muito estabelecidas, o desejo de obter cada vez mais vantagens. Mas o Senhor declara que não deve ser assim. O dinheiro de Seu tesouro tem de ser empregado em estabelecer a obra em todo o mundo. OE 455 3 Os lugares da vinha do Senhor em que pouco ou nada se tem feito, pedem àqueles em que já se acham estabelecidas instituições, que compreendam a situação. Que os homens dos campos que, segundo a indicação de Deus, já têm sido em grande parte trabalhados, e onde a causa se acha solidamente estabelecida, restrinjam sua ambição de estender-se. Não pensem nas grandes coisas que desejariam fazer, continuando a aumentar suas comodidades, ao passo que outras partes da vinha ficam desprovidas. É ambição egoísta que leva os homens a exigirem mais para um campo já possuidor de amplos recursos, ao passo que campos missionários se encontram em necessidade. OE 456 1 Se o Senhor favorece mais a obra em certos países do que em outros, é para que seja revelado um espírito de verdadeira liberalidade, um desejo de ajudar aos que necessitam grandemente de auxílio para obter uma posição estável, e dar reputação à obra. O Senhor não faz acepção de pessoas nem de lugares. Sua obra é um grande todo. Sua verdade tem de ser proclamada a toda nação, tribo, língua e povo; e, à medida que novos campos são penetrados e o povo aceita a verdade, precisam-se edificar casas de culto e edifícios escolares, bem como se devem suprir outros recursos. É mister que haja prelos em operação em muitas partes do mundo. OE 456 2 A obra do Senhor em novos territórios tem de ser levada avante, a uma feliz realização. Os planos de Deus têm de ser seguidos, e não as inclinações dos que quereriam reunir na região sobre que superintendem, todas as vantagens possíveis, ao passo que se esquecem de que outras partes da vinha do Senhor se acham inteiramente destituídas dessas vantagens. OE 456 3 Em algumas associações tem-se considerado louvável o economizarem-se meios, e apresentar um grande excesso no tesouro. Deus, porém, não tem sido honrado com isso. Teria sido preferível que o dinheiro assim depositado houvesse sido sabiamente empregado em manter obreiros diligentes e capazes em campos necessitados. OE 457 1 Em seus esforços para economizar, nossos irmãos devem cuidar em não restringir o emprego dos meios onde o mesmo, feito com sabedoria, é necessário. Para o estabelecimento de escolas e sanatórios, deve-se adquirir terreno suficiente para seguir o plano que o Senhor delineou quanto a essas instituições. Devem-se tomar providências para cultura de frutas e verduras e, sempre que possível, convém comprar terras bastantes para impedir que outros edifiquem, próximo da instituição, edifícios de caráter objetável. OE 457 2 Por vezes, quando uma obra chegou a certo grau de desenvolvimento, e aqueles que trabalharam ativamente em benefício dela pediram, com necessidade, mais auxílio, seu pedido foi rejeitado, não lhes sendo proporcionadas as vantagens que teriam tornado sua obra eficaz. Isso lhes levou desânimo ao coração, prejudicando a causa de Deus. Os que têm tido receio de empreender a obra nas cidades grandes, pelo fato de que isso importa em trabalho ativo e no emprego de meios, precisam entender a magnitude do dom que o Senhor fez ao dar Seu Filho para salvar o mundo. Nossas cidades podem ser trabalhadas, se os homens confiarem em Deus, e trabalharem ativa e abnegadamente. ------------------------Capítulo 99 -- Economia em trabalho missionário OE 458 1 Os obreiros de Deus devem trabalhar com inteligência, economia e humildade. Há pessoas que empreendem muito, e assim fazendo, pouco realizam. Nossos esforços devem ser mais concentrados. Cada golpe deve produzir efeito. O espírito deve estar ativo para discernir os melhores meios e modos de alcançar o povo que se acha próximo de nós. No esforço de fazer uma obra distante, deixamos muitas vezes passar oportunidades ao nosso alcance. Desta forma se perdem meios e tempo em ambos os lugares. OE 458 2 Nossos obreiros missionários devem aprender a economizar. O maior reservatório, embora seja alimentado por fontes abundantes e vivas, deixará de satisfazer às necessidades, se houver brechas por onde vaze o conteúdo. Não se deve permitir que um único homem decida se certo campo justifica grandes esforços. Se os obreiros num campo dirigem a obra de maneira que incorra em grandes despesas, estão impedindo o caminho de modo que outros campos -- os quais talvez melhor justificassem o desembolso -- não podem ser penetrados. OE 458 3 Nossos obreiros mais moços devem satisfazer-se de abrir caminho entre o povo lentamente, com segurança, sob os conselhos dos que têm tido mais experiência. As idéias de muitos são demasiado elevadas. Uma maneira mais humilde de trabalhar haveria de dar bons resultados. É animador ver os jovens entrarem no campo missionário, pondo todo o ardor e zelo na obra; mas não se lhes deve permitir que dirijam sozinhos, e mantenham a causa de Deus onerada de dívidas. Todos se devem esforçar, mediante sábia direção e ativo labor, por arranjar o bastante para pagar as próprias despesas. Eles devem trabalhar para fazer com que a causa se mantenha a si mesma, e ensinar o povo a depender de si. OE 459 1 Nossos ministros não se devem sentir em liberdade de pagar grandes somas por salas para reuniões, quando não tomam a responsabilidade de cuidar pessoalmente do interesse despertado. Os resultados são demasiado incertos para justificar o emprego de meios tão rapidamente. Se igrejas e salas se abrem a qualquer obreiro, e há o desejo de ouvir, eles devem aproveitar o ensejo, e fazer o mais que possam; mas não é sábio que um único indivíduo se lance presumidamente ao trabalho, como se fosse dotado de um grande talento, como se fosse um Moody ou um Sankey, e faça um pródigo desembolso de meios. OE 459 2 Ao enviar missionários para os países estrangeiros, devemos escolher aqueles que sabem economizar, que não têm grande família, e que, compreendendo a brevidade do tempo e a grandeza da obra a ser realizada, se mantenham o quanto possível, livres de qualquer coisa que lhes possa distrair o espírito da grande obra. A esposa, colocando-se ao lado do marido, pode realizar tanto quanto ele, se for dedicada, e livre para fazê-lo. Precisamos de missionários que o sejam em todo o sentido da palavra, que ponham de lado considerações egoístas, dando à causa de Deus o primeiro lugar; e que, trabalhando com vistas unicamente em Sua glória, se mantenham como servos prontos para todo instante, dispostos a ir onde Ele lhes peça, e a trabalhar em qualquer posição para dilatar o conhecimento da verdade. Necessita-se, na causa, de homens que tenham esposas que amem e temam a Deus, e que possam ajudar os maridos na obra, nos campos missionários. OE 459 3 Nossos obreiros precisam aprender primeiro a economia, não somente em seus esforços para levar avante a causa da verdade, mas também em suas despesas domésticas. Devem colocar a família de maneira que dela possam cuidar com o mínimo possível de despesas. Não nos são, em nossa obra, oferecidos donativos e legados como acontece com outras denominações; e aqueles que se não educaram quanto a viver dentro dos limites de seus recursos, terão certamente de fazê-lo ou, do contrário, empregar-se de outra maneira. Hábitos de condescendência egoísta, ou falta de tato e habilidade da parte da esposa e mãe, podem ser uma causa constante de escassez de fundos; e todavia essa mãe talvez julgue estar fazendo o melhor que pode, pois nunca foi ensinada a restringir suas necessidades e de seus filhos, e nunca adquiriu habilidade e tato nos negócios domésticos. Daí, uma família pode requerer para sua manutenção duas vezes tanto quanto bastaria para outra do mesmo tamanho. OE 460 1 Todos devem aprender a tomar notas de suas despesas. Alguns o negligenciam como não sendo coisa essencial; é um erro, porém. Todas as despesas devem ser anotadas com exatidão. Eis uma coisa que muitos de nossos obreiros terão de aprender. OE 460 2 O Senhor não está satisfeito com a atual falta de ordem e exatidão entre os que trabalham na Sua obra. Mesmo nas reuniões de negócios da associação, poder-se-ia economizar muito tempo e evitar muitos erros, mediante um pouco mais de estudo e pontualidade. Tudo quanto tenha qualquer relação com a obra de Deus deve ser tão perfeito quanto seja possível ao cérebro e às mãos humanos. OE 460 3 Como coobreiros de Deus, deveis aproximar-vos uns dos outros. Devem-se dar lições de amor, confiança e respeito mútuos, tanto no púlpito, como fora dele. Deveis viver segundo ensinais. Lembrai-vos de que os recém-convertidos olham ao vosso exemplo. OE 461 1 Alguns daqueles para quem trabalhais, desejarão que o trabalho se faça segundo seus métodos, pensando que são os melhores; mas, se possuís o espírito e a mansidão de Cristo, se mostrais respeito e amor uns pelos outros, Deus vos habilitará a aperfeiçoar esse trabalho de modo a ser-Lhe agradável. Trabalhai por vossa própria alma, até à rendição do próprio eu, até que Cristo reconheça em vós Sua própria imagem. Essa será a lição mais de molde a impressionar aqueles a quem educais. OE 461 2 Nos campos estrangeiros, especialmente, a obra não pode ser realizada senão mediante planos bem delineados. Conquanto vos devais esforçar para trabalhar em harmonia com as instituições dos que se acham à testa da obra, muitas circunstâncias imprevistas surgirão, para as quais eles não tomaram providências. É preciso que os que se encontram no campo de batalha se aventurem a alguma coisa, corram certos riscos. Haverá crises que exigem uma ação pronta. OE 461 3 Ao iniciarem-se missões em terras estrangeiras, é de especial importância que se comece a obra como deve ser. Os obreiros devem cuidar em não restringi-la devido a planos acanhados. Se bem que o estado do tesouro exija economia, há perigo de que a mesma seja exercida de maneira que redunde em prejuízo, em vez de lucro. Assim tem na verdade acontecido em algumas de nossas missões, onde nossos obreiros têm aplicado a suas faculdades quase inteiramente a fazer planos para agir dentro do mínimo possível de despesas. Com uma direção diversa, muito mais se poderia haver conseguido; e, afinal, menos teriam sido os recursos diminuídos ao tesouro. OE 462 1 Nosso progresso tem sido mais lento em campos novos, devido a não serem populares perante o mundo as verdades especiais que apresentamos. A observância do sábado do sétimo dia é uma pesada cruz para todos quantos aceitam a verdade. Muitos que podem ver que nossas doutrinas são apoiadas nas Escrituras, esquivam-se a aceitá-las, porque não desejam tornar-se singulares, ou porque, pela obediência à verdade, seriam privados de seu meio de vida. Por isso, é preciso muita sabedoria em estudar a maneira de apresentar a verdade ao povo. OE 462 2 Em alguns lugares, a obra deve começar pequenina, e avançar lentamente. Isso é tudo quanto os obreiros podem fazer. Em muitos casos, porém, poder-se-ia fazer, com bons resultados, um mais amplo e decidido esforço ao início. A obra na Inglaterra poderia estar muito mais adiantada atualmente, se nossos irmãos não houvessem procurado, ao começo, trabalhar com tanta economia. Se houvessem alugado boas salas, levando avante o trabalho como quem possui grandes verdades, as quais hão de necessariamente triunfar, teriam obtido êxito maior. Deus quer que a obra seja começada de modo que as primeiras impressões dadas sejam, o quanto possível, as melhores. OE 462 3 Cuidai em manter o elevado caráter da obra missionária. Que todos quantos se acham ligados a nossas missões, tanto homens como mulheres, perguntem constantemente: "Que sou eu? e que devo ser e fazer?" Lembrem-se todos de que não podem dar a outros aquilo que eles próprios não possuem; portanto não se devem satisfazer com suas maneiras e hábitos naturais, sem procurar mudar para melhor. Diz Paulo: "Prossigo para o alvo". Filipenses 3:14. Deve haver contínua reforma, incessante progresso, se queremos aperfeiçoar um caráter harmônico. OE 463 1 O Senhor quer homens que vejam a obra em sua grandeza, e compreendam os princípios que têm sido com ela entretecidos desde seu começo. Ele não quer que uma ordem mundana de coisas se introduza para moldar a obra em linhas totalmente diferentes daquelas que Ele traçou a Seu povo. A obra precisa ter o cunho de seu Originador. -- Testimonies for the Church 7:209. OE 463 2 Ao estabelecer a obra em novos lugares, economizai em tudo que for possível. Apanhai as migalhas; que nada se perca. A obra de salvar almas deve ser levada avante segundo a maneira por que Cristo a traçou. Ele declara: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mateus 16:24. É unicamente pela obediência a esta palavra que podemos ser Seus discípulos. Estamo-nos aproximando do fim da história deste mundo, e os vários ramos da obra de Deus devem ser desenvolvidos com muito mais sacrifício próprio do que até agora se tem manifestado. -- Testimonies for the Church 7:239, 240. ------------------------Capítulo 100 -- As regiões distantes OE 464 1 A Igreja de Cristo foi organizada com fins missionários. A obra missionária cristã fornece à igreja um firme fundamento, o qual tem este selo: "O Senhor conhece os que são Seus." 2 Timóteo 2:19. Por ela os membros são possuídos de zelo para renunciar-se a si mesmos, desenvolver abnegados esforços para enviar a verdade às regiões distantes. Isso tem uma salutar influência sobre os incrédulos; pois ao trabalharem os obreiros sob a direção divina, os mundanos são levados a ver a grandeza dos recursos que Deus tem preparado para aqueles que O servem. Achamo-nos sob a mais solene obrigação de proporcionar nas missões cristãs um exemplo dos princípios do reino de Deus. A igreja tem de trabalhar ativamente, como um corpo organizado, para dilatar a influência da cruz de Cristo. OE 464 2 Deus está chamando homens dispostos a deixar tudo para se tornarem missionários Seus. E o chamado será atendido. Em todas as épocas, desde o advento de Cristo, a comissão evangélica tem compelido homens e mulheres a ir aos confins da Terra para levar as boas novas de salvação aos que se acham em trevas. Comovidos pelo amor de Cristo e a necessidade dos perdidos, os homens têm deixado os confortos da pátria e a sociedade dos amigos, mesmo de esposa e filhos, para ir a terras estrangeiras, em meio a idólatras e selvagens, a proclamar a mensagem de misericórdia. Muitos têm perdido a vida na tentativa, mas muitos têm sido suscitados para levar avante a obra. Assim tem progredido, passo a passo, a causa de Cristo, e a semente semeada em tristeza tem produzido uma abundante colheita. Dilatou-se o conhecimento de Deus, e a bandeira da cruz foi firmada em terras pagãs. OE 465 1 Nada há mais precioso aos olhos de Deus do que Seus ministros, que vão aos lugares assolados da Terra para semear a verdade, aguardando a ceifa. Ninguém, senão Cristo, pode apreciar a solicitude de Seus servos, ao buscarem os perdidos. Ele lhes comunica Seu Espírito e, por seus esforços, almas são levadas a desviarem-se do pecado para a justiça. OE 465 2 O ministro deve empenhar ao máximo as suas faculdades, para a conversão de um pecador que seja. A alma criada por Deus e redimida por Cristo é de grande valor, em virtude das possibilidades que tem diante de si, das vantagens espirituais que lhe foram asseguradas, das aptidões que ela pode possuir, se vitalizada pela Palavra de Deus, e da imortalidade que pode alcançar mediante a esperança apresentada no evangelho. E se Cristo deixou as noventa e nove a fim de procurar e salvar uma ovelha perdida, podemos nós ser justificados de fazer menos que isso? Não é a negligência de trabalhar como Cristo fez, de sacrificar-se como Ele Se sacrificou, uma traição à sagrada verdade? OE 465 3 Sinto intensamente as necessidades dos países estrangeiros, segundo me têm sido apresentadas. Em todas as partes do mundo estão anjos de Deus abrindo portas até há pouco cerradas à mensagem da verdade. Da Índia, da África, da China e muitos outros lugares, ouve-se o grito: "Passa e ajuda-nos." OE 465 4 Mostrar um espírito liberal, abnegado para com o êxito das missões estrangeiras, é um meio seguro de fazer avançar a obra missionária na pátria; pois a prosperidade da obra nacional depende grandemente, abaixo de Deus, da influência reflexa da obra evangélica feita nos países afastados. É trabalhando para prover às necessidades de outros, que pomos nossa alma em contato com a Fonte de todo o poder. O Senhor tem observado todos os aspectos do zelo missionário manifestado por Seu povo em favor dos campos estrangeiros. É Seu desígnio que, em todo lar, em toda igreja, e em todos os centros da obra, se manifeste um espírito de liberalidade no enviar auxílio aos campos estrangeiros, onde os obreiros estão lutando contra grandes desvantagens para comunicar a luz da verdade aos que se acham assentados em trevas. OE 466 1 Aquilo que é dado para iniciar a obra num campo, redunda em avigoramento da mesma em outros lugares. Ao sentirem-se os obreiros desembaraçados de dificuldades financeiras, podem estender seus esforços; e à medida que o povo é trazido para a verdade e se estabelecem igrejas, haverá acréscimo de força, financeiramente. À medida que essas igrejas se tornam fortes, são capazes, não somente de levar avante a obra dentro de seus próprios limites, como de enviar auxílio a outros campos. As igrejas nacionais devem ajudar OE 466 2 Os membros de nossas igrejas no campo nacional devem ter no coração a preocupação da obra nas regiões distantes. Um negociante americano, cristão sincero, observou em conversação com um companheiro de trabalho, que ele próprio trabalhava para Cristo vinte e quatro horas por dia. "Em todas as minhas relações comerciais", disse ele, "procuro representar meu Mestre. Em tendo oportunidade, busco atrair outros para Ele. Trabalho todo o dia para Cristo. E à noite, enquanto durmo, tenho um homem trabalhando para Ele na China." OE 466 3 Por que não haveriam de os membros de uma igreja, ou de várias pequenas igrejas, unir-se para manter um missionário em campos estrangeiros? Se eles forem abnegados, poderão fazê-lo. Meus irmãos e minhas irmãs, não quereis ajudar nesta grande obra? Rogo-vos que façais alguma coisa para Cristo, e o façais agora. Por meio do mestre que o vosso dinheiro mantiver num campo estrangeiro, podem-se salvar almas que brilhem como estrelas na coroa do Redentor. Embora seja pequena a vossa oferta, não hesiteis em trazê-la ao Senhor. Se for dada com um coração cheio de amor pelo Salvador, a mais pequenina oferta torna-se uma dádiva inapreciável, a qual Deus aprova e abençoa. OE 467 1 Quando Jesus disse da viúva: "lançou mais do que todos" (Lucas 21:3), Suas palavras eram reais, não somente quanto aos motives da doadora, como também aos resultados da oferta. As "duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante" (Marcos 12:42), têm levado ao tesouro de Deus uma soma de dinheiro muito maior do que as contribuições dos ricos judeus. Como uma corrente pequenina ao princípio, mas que se amplia e aprofunda à medida que corre para o oceano, a influência daquela ofertazinha se tem dilatado e tornado mais profunda com o fluir através dos séculos. O exemplo de abnegação dado pela viúva pobre tem agido e reagido sobre milhares de corações em todas as terras e em todos os séculos. Ele tem levado ao tesouro do Senhor dádivas de elevados e humildes, de ricos e pobres. Tem ajudado a manter missões, a estabelecer hospitais, a alimentar os famintos e a pregar o evangelho aos pobres. Multidões têm sido beneficiadas por seu ato de desprendimento. E da mesma maneira toda dádiva feita, todo ato praticado com um sincero desejo de que sirva para a glória de Deus, acha-se vinculado aos desígnios da Onipotência. Homem algum pode avaliar seus resultados para o bem. Métodos de trabalho em campos estrangeiros OE 468 1 Logo que se entre em um novo campo, deve ter início o trabalho educativo, devendo-se ministrar a instrução mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Não é o pregar o mais importante; é o trabalho feito de casa em casa, raciocinando sobre a Palavra, explicando-a. São os obreiros que seguem os métodos de Cristo, que hão de conquistar almas para sua recompensa. As mesmas verdades devem ser repetidas aqui e ali, dependendo o obreiro inteiramente de Deus. E que preciosas experiências obtém o mestre ao instruir os que se acham em trevas! Também ele é um aluno, e enquanto explica as Escrituras a outros, o Espírito Santo está operando em seu espírito e coração, dando-lhe o pão da vida para as almas famintas. OE 468 2 O obreiro em campos estrangeiros entrará em contato com todas as classes de pessoas e todas as variedades de espíritos, e verificará serem necessários diversos métodos de trabalho a fim de ir ao encontro das necessidades do povo. A consciência de sua própria ineficiência o impelirá para Deus e a Bíblia em busca de luz, força e conhecimento. OE 468 3 Nem sempre conseguimos os mesmos resultados mediante os mesmos métodos e modos. O missionário precisa usar de discernimento e raciocínio. A experiência indicará a maneira mais sábia a seguir segundo as circunstâncias do momento. Dá-se muitas vezes que os costumes e clima de um país dão lugar a certo estado de coisas que seriam intoleráveis em outra parte. É mister que se operem mudanças para melhor, mas convém não serem demasiado abruptas. OE 468 4 Não se permita que surjam discussões sobre ninharias. O espírito de amor e a graça de Cristo hão de unir coração a coração, caso os homens abram as janelas da alma em direção do Céu, cerrando-as para a Terra. Muitas dificuldades se conciliariam, e muita controvérsia que traz o bolor do tempo se aquietaria, se fossem empregados melhores métodos. O grande, elevado princípio: "Paz na Terra, boa vontade para com os homens" será muito mais bem praticado quando os que acreditam em Cristo forem na verdade coobreiros de Deus. Auxílio do céu OE 469 1 O obreiro em campo estrangeiro deve trazer no coração a paz e o amor que vêm do Céu; pois nisso se encontra sua única salvaguarda. Por entre perplexidades e provações, desânimos e sofrimentos, com a dedicação de um mártir e a coragem de um herói, ele se deve apoiar firmemente à Mão que nunca desampara, dizendo: "Não falharei, nem me desanimarei." Ele tem de ser um diligente estudante da Bíblia, e pôr-se muitas vezes em oração. Se, antes de falar com outros, buscar auxílio de cima, pode estar certo de que os anjos do Céu estarão com ele. Por vezes anelará a simpatia humana, mas poderá encontrar conforto e coragem em sua solicitude, por meio da comunhão com Deus. Anime-se ele com as palavras do Salvador: "Eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Ele receberá desse divino Companheiro instruções quanto à ciência de salvar almas. OE 469 2 Necessitam-se no campo missionário energia e espírito de sacrifício. Deus pede homens que promovam os triunfos da cruz; homens que perseverem sob desânimos e privações; homens que possuam o zelo, a resolução e a fé indispensáveis no campo missionário. Mediante perseverante lida e uma firme confiança no Deus de Israel, homens resolutos e animosos realizarão maravilhas. Não há quase limites ao que se pode executar, caso os trabalhos feitos sejam regidos por um esclarecido raciocínio, e apoiados por um diligente esforço. OE 470 1 Regozijemo-nos por haver sido feita nos campos estrangeiros uma obra que mereça a aprovação de Deus. Ergamos a voz em louvor e ações de graças pelos resultados da obra lá fora. E nosso General, que não erra nunca, diz-nos ainda: "Avançai; entrai em novo território; içai o estandarte em toda terra. 'Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.'" Isaías 60:1. OE 470 2 É chegado o tempo em que, por intermédio dos mensageiros de Deus, o rolo do livro se abrirá ao mundo. A verdade contida na primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, tem de ir a toda nação, tribo, língua e povo; ela deve iluminar as trevas de todo continente, e estender-se às ilhas do mar. Não deve haver dilação nessa obra. OE 470 3 Nossa divisa deve ser: Para a frente, sempre para a frente! Anjos do Céu irão adiante de nós, a preparar-nos o caminho. Nosso cuidado pelas regiões distantes nunca poderá ser deposto enquanto a Terra inteira não for iluminada com a glória do Senhor. ------------------------Capítulo 101 -- Em contato com os outros OE 473 1 Todas as relações sociais exigem o exercício do domínio próprio, tolerância e simpatia. Diferimos tanto uns dos outros em disposições, hábitos e educação, que variam entre si nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diferentemente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias em relação à conduta de vida, não são idênticas sob todos os pontos de vista. Não há duas pessoas cuja experiência seja igual em cada particular. As provas de uma não são as provas de outra. Os deveres que para uma se apresentam como leves, são para outra mais difíceis e inquietantes. OE 473 2 Tão fraca, ignorante e sujeita ao erro é a natureza humana, que todos devemos ser cautelosos na maneira de julgar o próximo. Pouco sabemos da influência de nossos atos sobre a experiência dos outros. O que fazemos ou dizemos pode parecer-nos de pouca importância, quando, se nossos olhos se abrissem, veríamos que daí resultam as mais importantes conseqüências para o bem ou para o mal. Consideração pelos que têm responsabilidades OE 473 3 Muitas pessoas têm desempenhado tão poucas responsabilidades, seu coração tem experimentado tão pouco as angústias reais, sentindo tão pouca perplexidade e preocupação em auxiliar o próximo, que não podem compreender o trabalho de quem tem verdadeiras responsabilidades. São tão incapazes de apreciar seus trabalhos, como a criança de compreender os cuidados e fadigas do preocupado pai. A criança admira-se dos temores e perplexidades do pai: parecem-lhe inúteis. Mas quando os anos de experiência forem acrescentados à sua vida, quando tiver de carregar as próprias responsabilidades, olhará de novo para a vida do pai, e compreenderá então o que outrora lhe era incompreensível. A amarga experiência deu-lhe o conhecimento. OE 474 1 A obra de muitas pessoas que têm responsabilidades não é compreendida, não são apreciados seus trabalhos, enquanto a morte não os abate. Quando outros retomam as funções que eles exerciam, e enfrentam as dificuldades que eles encontraram, compreendem quanto a sua fé e coragem foram provadas. Muitas vezes perdem de vista, então, os erros que estavam tão prontos a censurar. A experiência ensina-lhes a simpatia. É Deus quem permite que os homens sejam colocados em posições de responsabilidade. Quando erram, tem poder para os corrigir, ou para os retirar do cargo que exercem. Devemos acautelar-nos para não tomar em nossas mãos o direito de julgar, que pertence a Deus. ... OE 474 2 Ordena-nos o Salvador: "Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:1, 2. Lembrai-vos de que cedo o relato da vossa vida passará em revista diante de Deus. Lembrai-vos de que Ele disse: "És inescusável quando julgas, ó homem, ... pois tu, que julgas, fazes o mesmo." Romanos 2:1. Paciência quando ofendido OE 475 1 Não podemos permitir que nosso espírito se irrite por algum mal real ou suposto que nos tenha sido feito. O inimigo que mais carecemos temer é o próprio eu. Nenhuma forma de vício tem efeito mais funesto sobre o caráter do que a paixão humana quando não está sob o domínio do Espírito Santo. Nenhuma vitória que possamos ganhar será tão preciosa como a vitória sobre nós mesmos. OE 475 2 Não permitamos que nossa suscetibilidade seja facilmente ferida. Devemos viver, não para vigiar sobre nossa suscetibilidade ou reputação, mas para salvar almas. Quando estamos interessados na salvação das almas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De qualquer sorte que os outros pensem de nós ou conosco procedam, nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo, nossa companhia com o Espírito. "Que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo bem, sois afligidos, e o sofreis, isso é agradável a Deus." 1 Pedro 2:20. OE 475 3 Não vos vingueis. Quanto puderdes, removei toda a causa de mal-entendido. Evitai a aparência do mal. Fazei o que estiver em vosso poder, sem comprometer os princípios, para conciliar o próximo. "Se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa aí defronte do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta." Mateus 5:23, 24. OE 475 4 Se vos forem dirigidas palavras impacientes, nunca respondais no mesmo tom. Lembrai-vos de que "a resposta branda desvia o furor". Provérbios 15:1. Há um poder maravilhoso no silêncio. As palavras ditas em réplica a alguém encolerizado por vezes servem apenas para o exasperar. Mas se a cólera encontra o silêncio, e um espírito amável e paciente, em breve se esvai. OE 476 1 Sob uma tempestade de palavras ferinas e acusadoras, conservai apoiado o espírito na Palavra de Deus. Que o espírito e o coração sejam repletos das promessas divinas. Se sois maltratados ou acusados injustamente, em vez de responder com cólera, repeti a vós mesmos as preciosas promessas: OE 476 2 "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Romanos 12:21. OE 476 3 "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle e Ele tudo fará. E fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia." Salmos 37:5, 6. OE 476 4 "Nada há coberto que não haja de ser descoberto; nem oculto que não haja de ser sabido." Lucas 12:2. OE 476 5 "Fizeste com que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela água; mas trouxeste-nos a um lugar de abundância." Salmos 66:12. OE 476 6 Somos inclinados a procurar junto de nossos semelhantes simpatia e ânimo, em vez de os procurar em Jesus. Em Sua misericórdia e fidelidade, Deus permite muitas vezes que falhem aqueles em quem depositamos confiança, a fim de que possamos compreender quanto é insensato confiar nos homens e apoiar-nos na carne. Confiemos inteira, humilde e desinteressadamente em Deus. Ele conhece as tristezas que nos consomem no mais profundo do ser e que não podemos exprimir. Quando tudo nos parece escuro e inexplicável, lembremo-nos das palavras de Cristo: "O que Eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois." João 13:7. OE 477 1 Estudai a história de José e de Daniel. O Senhor não impediu as maquinações dos homens que procuravam fazer-lhes mal; mas conduziu todos os planos para o bem de Seus servos, que no meio de provas e lutas mantiveram sua fé e lealdade. OE 477 2 Enquanto estivermos no mundo, encontraremos influências adversas. Haverá provocações para ser provada a nossa têmpera; e é enfrentando-as com espírito reto que as virtudes cristãs são desenvolvidas. Se Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e tolerantes, alegres no meio das contrariedades e irritações. Dia após dia, e ano após ano, vencer-nos-emos a nós próprios e cresceremos num nobre heroísmo. Tal é a tarefa que sobre nós impende; mas não pode ser cumprida sem o auxílio de Jesus, firme decisão, um alvo bem determinado, contínua vigilância e oração incessante. Cada um tem suas lutas pessoais a travar. Nem o próprio Deus pode tornar nosso caráter nobre e nossa vida útil, se não colaborarmos com Ele. Quem renuncia à luta perde a força e a alegria da vitória. OE 477 3 Não precisamos guardar nosso próprio registro das provas e dificuldades, dos desgostos e tristezas. Todas estas coisas estão escritas nos livros, e o Céu tomará o cuidado delas. Enquanto relembramos as coisas desagradáveis, passam da memória muitas que são gratas à reflexão, como a misericordiosa bondade de Deus que nos rodeia a cada instante e o amor, de que os anjos se maravilham, com que deu Seu Filho para morrer por nós. Se como obreiros de Cristo sentis que tendes maiores cuidados e provas que os outros, lembrai-vos de que há para vós uma paz desconhecida dos que evitam estes fardos. Há conforto e alegria no serviço de Cristo. Mostremos ao mundo que não há insucesso na vida com Deus. OE 478 1 Se vos não sentis satisfeitos e alegres, não faleis dos vossos sentimentos. Não anuvieis a vida dos outros. Uma religião fria e sombria, jamais atrairá almas para Cristo. Afasta-as dEle, para as redes que Satanás lança aos pés dos transviados. Em vez de pensar em vosso desânimo, pensai na força de que podeis dispor em nome de Cristo. Que vossa imaginação se fixe nas coisas invisíveis. Que os pensamentos se dirijam para as evidências do grande amor de Deus por vós. A fé pode sofrer a prova, vencer a tentação, suportar o insucesso. Jesus vive como nosso advogado. Tudo o que nos assegura a Sua mediação nos pertence. OE 478 2 Não pensais que Cristo aprecia quem vive inteiramente para Ele? Não pensais que visita os que, como o amado João no exílio, estão em lugares difíceis e penosos? Deus não permite que um de Seus devotados obreiros seja abandonado, a lutar sozinho contra forças superiores, e que seja vencido. Preserva, como jóia preciosa, todo aquele cuja vida está escondida com Cristo nEle. De cada um destes diz: "Eu ... te farei como um anel de selar; porque te escolhi." Ageu 2:23. OE 478 3 Falai pois das promessas; falai do desejo que Jesus tem de abençoar. Ele não nos esquece nem um só instante. Quando, apesar das circunstâncias desagradáveis, repousamos confiadamente no Seu amor e mantemos nossa comunhão com Ele, o sentimento da Sua presença inspirará uma alegria profunda e tranqüila. De Si disse Cristo: "Nada faço por Mim mesmo; mas falo como o Pai Me ensinou. E Aquele que Me enviou está comigo; o Pai não Me tem deixado só porque Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:28, 29. ... OE 479 1 Cultivai o hábito de falar bem do próximo. Detende-vos sobre as boas qualidades daqueles com quem estais associados, e olhai o menos possível para seus erros e fraquezas. Quando sois tentados a queixar-vos do que alguém disse ou fez, louvai alguma coisa na vida ou caráter dessa pessoa. Cultivai a gratidão. Louvai a Deus pelo Seu admirável amor em dar a Cristo para morrer por nós. Nada lucramos em pensar em nossas mágoas. Deus convida-nos a meditar na Sua misericórdia e no Seu amor incomparável, a fim de que sejamos inspirados com o louvor. OE 479 2 Os trabalhadores ativos não têm tempo de se ocupar com as faltas do próximo. As faltas e fraquezas dos outros não fornecem alimento para a vossa vida. A maledicência é uma dupla maldição, que recai mais pesadamente sobre quem fala do que sobre quem ouve. Quem espalha as sementes da dissensão e discórdia, colhe em sua própria alma os frutos mortais. O próprio ato de olhar para o mal nos outros desenvolve o mal em quem olha. Detendo-nos sobre as faltas do próximo, somos transformados na sua imagem. Mas contemplando Jesus, falando do Seu amor e da perfeição de Seu caráter, imprimimos em nós as Suas feições. Contemplando o alto ideal que Ele colocou diante de nós, subiremos a uma atmosfera santa e pura, que é a própria presença de Deus. Quando aí permanecemos, sairá de nós uma luz que irradia sobre todos os que estiverem em contato conosco. OE 479 3 Em vez de criticar e condenar o próximo, dizei: "Devo trabalhar para minha própria salvação. Se coopero com Aquele que deseja salvar a minha alma, devo vigiar-me cuidadosamente, afastar de minha vida tudo o que é mau, vencer todo o defeito, tornar-me nova criatura em Cristo. Por isso, em lugar de enfraquecer os que lutam contra o mal, fortalecê-los-ei com palavras animadoras." Somos demasiado indiferentes para com os outros. Esquecemos muitas vezes que nossos companheiros de trabalho têm necessidade de força e animação. Tende o cuidado de lhes assegurar vosso interesse e simpatia. Ajudai-os pela oração e fazei-lhes saber que orais por eles. -- A Ciência do Bom Viver, 485-493. OE 480 1 Todos os que professam ser filhos de Deus deviam ter na mente que, como missionários, serão postos em contato com todas as classes de espíritos. Há os corteses e os rudes, os humildes e os altivos, os religiosos e os céticos, os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres. Estes diferentes espíritos não podem ser tratados da mesma maneira; todos porém carecem de bondade e simpatia. Pelo mútuo contato nosso espírito deve tornar-se delicado e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana.... OE 480 2 É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na senda tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho. A influência social, santificada pelo Espírito de Cristo, deve desenvolver-se na condução de almas para o Salvador. Cristo não deve ser escondido no coração como um tesouro cobiçado, sagrado e doce, fruído exclusivamente pelo possuidor. Devemos ter Cristo em nós como uma fonte de água, que corre para a vida eterna, refrescando a todos os que entram em contato conosco. -- A Ciência do Bom Viver, 495, 496. ------------------------Capítulo 102 -- Dons diversos OE 481 1 O Senhor não distribui a homem algum um território especial em que ele só deva trabalhar. Isso é contrário a Seus planos. Seu desígnio é que, em todo lugar em que a verdade for anunciada, haja em ligação com a mesma espíritos e dons diversos, de modo a exercer em sua influência sobre o trabalho. Homem algum possui sabedoria suficiente para cuidar de um interesse sem auxiliares, nem ninguém se deve considerar competente para fazê-lo. O fato de uma pessoa ser dotada de aptidão num sentido, não é prova de que seu discernimento seja perfeito em todos os outros assuntos, e que não seja necessário unir à sua a sabedoria de outro espírito. OE 481 2 Aqueles que trabalham juntos, devem buscar perfeita harmonia. Todavia ninguém deve pensar que não lhe é possível trabalhar com pessoas que não vejam as coisas exatamente como ele, e que não sigam, em seus trabalhos, os mesmos planos. Se todos manifestarem um espírito humilde, suscetível ao ensino, podem-se evitar atritos. Deus tem posto na igreja vários dons. Estes são preciosos, em seu devido lugar, e a todos é dado ter uma parte na obra de preparar um povo para a próxima vinda de Cristo. OE 481 3 Nossos ministros que ocupam lugares de responsabilidade, são homens aceitos por Deus. Sua origem, sua posição anterior, se andaram atrás do arado, se usaram os instrumentos do carpinteiro ou desfrutaram as vantagens de um colégio, não importa; se Deus os aceitou, acautelem-se todos quanto a lançar sobre eles a mais leve crítica. Não faleis nunca desdenhosamente de algum homem; pois ele pode ser grande aos olhos do Senhor, ao passo que aqueles que se sentem grandes talvez sejam pouco estimados por Deus devido à perversidade de seu coração. ... OE 482 1 Nem um momento de nosso precioso tempo deve ser dedicado a fazer com que outros se conformem com nossas idéias e opiniões pessoais. Deus quer educar os homens empregados como colaboradores nesta grande obra, no mais alto exercício da fé, e no desenvolvimento de um caráter harmônico. OE 482 2 Os homens têm dons vários, e uns são mais aptos para o ramo da obra do que para outro. Aquilo que um pode ser incapaz de realizar, seu colega de ministério pode estar apto a fazer. A obra de cada um é importante, em sua posição. A cabeça de um homem não deve reger a de outro. Se alguém se ergue, julgando que não deve ser influenciado por ninguém, que possui discernimento e capacidade para compreender todo ramo da obra, esse homem decairá da graça de Deus. -- Testimonies for the Church 4:608, 609. OE 482 3 É a fidelidade, a lealdade para com Deus, o serviço de amor, que obtêm a aprovação divina. Todo impulso do Espírito Santo que leva os homens à bondade e a Deus, é anotado nos livros do Céu, e no dia de Deus serão louvados os obreiros pelos quais operou. OE 482 4 Entrarão no gozo do Senhor quando virem no reino aqueles que foram redimidos por sua instrumentalidade. E terão o privilégio de participar de Sua obra lá, porque se habilitaram pela participação na mesma aqui. O que seremos no Céu, é o reflexo do que somos agora no caráter e no serviço sagrado. -- Parábolas de Jesus, 361. ------------------------Capítulo 103 -- Unidade na diversidade OE 483 1 Deus tem maneiras várias de operar, e possui obreiros diversos, aos quais confia diferentes dons. Um obreiro pode ser bom orador, outro bom escritor, outro ainda pode possuir o dom da oração sincera, fervorosa, outro o de cantar, e ainda outro a capacidade de expor com clareza a Palavra de Deus. E cada um desses dons se deve tornar uma força em favor de Deus, pois Ele opera por meio do obreiro. A um dá o Senhor a palavra da sabedoria, a outro conhecimentos, a outro fé; todos, porém, devem trabalhar sob a mesma direção, isto é, tendo a Cristo como Cabeça. A diversidade de dons conduz à diversidade de operação; "mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos". 1 Coríntios 12:6. OE 483 2 O Senhor deseja que Seus escolhidos servos aprendam a se unir num esforço harmônico. Talvez pareça a alguns que o contraste entre seus dons e os de seus coobreiros é demasiado grande para permitir que se unam em esforço assim harmônico; mas, ao lembrarem que há variedade de espíritos a serem atingidos, e que alguns rejeitarão a verdade apresentada por um obreiro, abrindo o coração à verdade de Deus ante o modo diferente de outro, eles hão de esforçar-se esperançosamente por trabalhar juntos, em união. Seus talentos, conquanto diversos, podem-se achar todos sob a direção do mesmo Espírito. Em toda palavra e ação, manifestar-se-ão bondade e amor; e ao ocupar cada obreiro fielmente o lugar que lhe é designado, a oração de Cristo em favor da unidade de Seus seguidores será atendida, e o mundo conhecerá que esses são Seus discípulos. OE 484 1 Os obreiros de Deus devem unir-se uns aos outros com amorável simpatia e confiança. Aquele que diz ou faz qualquer coisa que tenda a separar os membros da igreja de Cristo, está anulando os desígnios de Deus. Disputas e dissensões na igreja, o nutrir suspeitas e incredulidade, são desonrosos para Cristo. Deus deseja que Seus servos cultivem afeição cristã uns pelos outros. A verdadeira religião liga os corações, não somente com Cristo, mas uns aos outros, na mais terna união. Quando soubermos o que significa estar assim unidos com Cristo, e com nossos irmãos, uma fragrante, benéfica influência acompanhará nossas obras aonde quer que formos. OE 484 2 Os obreiros nas cidades grandes devem-se desempenhar de suas várias partes, fazendo todo esforço para produzir os melhores resultados. Cumpre-lhes falar com fé e agir de maneira a impressionar o povo. Não devem limitar a obra a suas idéias particulares. Tem-se feito muito isso entre nós, como um povo, e tem servido para afastar o êxito da obra. ... OE 484 3 Nenhuma criatura humana deve ligar outras a si, como se as devesse dominar, dizendo-lhes que façam isso, proibindo-lhes que façam aquilo, comandando, ditando, agindo como um oficial para com uma companhia de soldados. Assim procediam os sacerdotes e príncipes no tempo de Cristo, mas não é correto. Depois que a verdade houver impressionado o coração, e homens e mulheres tiverem aceito seus ensinos, devem ser tratados como propriedade de Cristo, e não do homem. Em ligando o espírito das pessoas a vós, estais levando o mesmo a desprender-se da Fonte de sua sabedoria e suficiência. Eles devem confiar inteiramente em Deus; somente assim podem crescer em graça. OE 485 1 Por maior que seja a pretensão de um homem quanto à sabedoria e conhecimentos, a menos que seja ensinado pelo Espírito Santo, é profundamente ignorante das coisas espirituais. Precisa compreender o perigo em que se encontra, bem como sua ineficiência, e confiar completamente nAquele que é o único capaz de guardar as almas que a Ele se entregam, capaz de lhes comunicar o Seu Espírito e enchê-las de desinteressado amor para com os outros, habilitando-as assim a dar testemunho de que Deus enviou ao mundo Seu Filho para salvar os pecadores. Os que estão verdadeiramente convertidos, hão de avançar juntos, em unidade cristã. Não haja divisão na igreja de Deus, nada de imprudente autoridade sobre os que aceitam a verdade. Em tudo que se faça e diga, deve aparecer a mansidão de Cristo. OE 485 2 Cristo é o fundamento de toda igreja verdadeira. Temos Sua inalterável promessa de que Sua presença e proteção serão dadas a Seus fiéis, aos que andam em Seu conselho. Cristo tem de ser o primeiro, até ao fim. Ele é a fonte da vida e da força, da justiça e santidade. E Ele é tudo isso para aqueles que tomam o Seu jugo e aprendem dEle a ser mansos e humildes. OE 485 3 O dever e gozo de todo serviço é exaltar a Cristo perante o povo. Este é o fim de todo trabalho verdadeiro. Fazei com que Cristo apareça; escondei nEle o próprio eu. Isto é sacrifício que tem valor. -- Testimonies for the Church 9:144-147. ------------------------Capítulo 104 -- O espírito de independência OE 486 1 Antes de partir para a Austrália, e desde que cheguei a este país, tenho sido instruída que há uma grande obra a ser feita na América. Os que estavam na obra a princípio, estão desaparecendo. Apenas uns poucos dos pioneiros da causa permanecem agora entre nós. Muitos dos pesados encargos antigamente assumidos por homens de longa experiência, estão agora recaindo sobre homens mais jovens. OE 486 2 Esta transferência de responsabilidades para obreiros cuja experiência é mais ou menos limitada, acha-se acompanhada de alguns perigos contra os quais precisamos precaver-nos. O mundo está cheio de lutas pela supremacia. O espírito de afastamento de companheiros na obra, o espírito de desorganização, está no próprio ar que respiramos. Por alguns, todos os esforços por estabelecer ordem são considerados perigosos -- como uma restrição da liberdade individual, devendo, pois, ser temidos como sistema papal. Estas almas iludidas consideram virtude jactar-se de sua liberdade em pensar e agir independentemente. Declaram que não aceitam a opinião de homem algum; que não são responsáveis para com homem nenhum. Fui instruída de que Satanás se esforça especialmente para levar homens a julgar que Deus Se agrada de que escolham seu próprio modo de proceder, independentemente do conselho de seus irmãos. OE 486 3 Aí reside um grave perigo para a prosperidade de nossa obra. Precisamos agir discretamente, ajuizadamente, em harmonia com o juízo de conselheiros tementes a Deus; pois nesse procedimento, só, está nossa segurança e força. De outro modo Deus não pode operar conosco e por meio de nós e em nosso favor. OE 487 1 Oh, como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo, e desorganizar a obra num tempo em que a organização integral é essencial, e constitui a maior força para evitar os levantes espúrios, e refutar pretensões não abonadas pela Palavra de Deus! Precisamos manter as linhas uniformemente, para que não haja quebra do sistema de organização e ordem, que se ergueu por meio de sábio, cuidadoso labor. Não se deve dar autonomia a elementos desordeiros que desejem controlar a obra neste tempo. OE 487 2 Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas a leis, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se. OE 487 3 Os movimentos esporádicos, agitados, de alguns que pretendem ser cristãos, são bem representados pelo trabalho de cavalos fortes, mas não adestrados. Quando um puxa para a frente, outro puxa para trás, e à voz de seu guia, um se precipita para diante, e o outro fica imóvel. Se os homens não agirem em harmonia na grande e importante obra para este tempo, haverá confusão. Não é bom sinal recusarem-se os homens a unir-se a seus irmãos, e preferirem agir sozinhos. Falem os obreiros confidencialmente com os irmãos que estão dispostos a apontar cada desvio dos princípios verdadeiros. OE 488 1 Se os homens tomarem o jugo de Cristo, não poderão puxar cada um para o seu lado; puxarão com Cristo. OE 488 2 Alguns obreiros puxam com toda a força que Deus lhes deu, mas não aprenderam ainda que não devem puxar sozinhos. Em vez de isolar-se, puxem eles em harmonia com seus coobreiros. A menos que isso façam, sua atividade se processará fora de tempo e em direção errada. Trabalharão muitas vezes contra aquilo que Deus deseja ver feito, e assim sua obra é mais do que inútil. OE 488 3 Por outro lado, os guias dentre o povo de Deus devem precaver-se contra o perigo de condenar os métodos de obreiros que são pelo Senhor levados a fazer uma obra especial que só poucos estão habilitados para desempenhar. Sejam os irmãos que estão em cargos de responsabilidade, cuidadosos em criticar maneiras de proceder que não estejam em perfeita harmonia com seus métodos de trabalho. Não suponham jamais que cada plano deva refletir a sua própria personalidade. Não temam confiar nos métodos de outrem, pois recusando confiar num coobreiro que, com humildade e zelo consagrado está fazendo uma obra especial, na maneira por Deus designada, eles estão retardando o avanço da causa do Senhor. OE 488 4 Deus pode servir-Se, e servir-Se-á dos que não tiverem instrução esmerada nas escolas dos homens. Duvidar de Seu poder para fazer isso, é manifesta incredulidade; é limitar o poder onipotente dAquele para quem nada é impossível. Quem dera houvesse menos dessa cautela indesejável, desconfiante! Ela deixa tantas forças da igreja sem serem usadas; fecha o caminho, de modo que o Espírito Santo não Se possa utilizar de homens; mantém em ociosidade os que estão dispostos e ansiosos para trabalhar segundo a maneira de Cristo; desencoraja de entrarem na obra a muitos que se tornariam coobreiros eficientes de Deus, se se lhes desse uma oportunidade razoável. OE 489 1 Para o profeta, a roda dentro de uma roda, a aparência de criaturas viventes com elas relacionadas, tudo se afigurava complicado e inexplicável. Mas a mão da infinita Sabedoria é vista entre as rodas, e ordem perfeita é o resultado da obra das mesmas. Cada roda, dirigida pela mão de Deus, opera em harmonia perfeita com cada uma das demais rodas. Foi-me mostrado que instrumentos humanos são propensos a buscar demasiado autoridade, procurando dirigir eles mesmos a obra. Excluem de seus métodos e planos o Senhor Deus, o poderoso Obreiro, e não Lhe confiam tudo relativamente ao avanço da obra. Ninguém deve por um momento imaginar que é capaz de dirigir as coisas que pertencem ao grande EU SOU. Deus em Sua providência está preparando um caminho de maneira que a obra possa ser feita por agentes humanos. Fique, pois, cada qual em seu posto de dever, para desempenhar sua parte para este tempo, e saiba que Deus é seu instrutor. A associação geral OE 489 2 Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de outro homem qualquer. Nunca deve a mente de um homem ou a de uns poucos homens ser considerada suficiente em sabedoria e autoridade para controlar a obra, e dizer quais os planos que devam ser seguidos. Mas quando numa Assembléia Geral, é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral. OE 490 1 Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isto não é dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Associação Geral, tenham autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos pela prosperidade e avançamento de Sua obra. OE 490 2 Quando este poder, que Deus colocou na igreja, é entregue inteiramente a um só homem, e ele é revestido da autoridade de servir de critério para outros espíritos, acha-se então mudada a verdadeira ordem da Bíblia. Os esforços de Satanás sobre o espírito de tal homem seriam os mais sutis, e por vezes quase dominantes; pois o inimigo teria a esperança de, por meio de seu espírito, poder influenciar muitos outros. Demos à mais altamente organizada autoridade na igreja aquilo que somos propensos a dar a um só homem ou a um pequeno grupo de homens. -- Testemunhos Seletos 3:405-409. ------------------------Capítulo 105 -- Considerações para os que estão lutando com dificuldades OE 491 1 Durante anos, tem-se manifestado falta de sabedoria no tratar com homens que empreendem e levam avante a obra do Senhor em lugares difíceis. Muitas vezes esses homens trabalham muito acima de suas forças. Dispõem de poucos recursos para o andamento da obra, e são obrigados a sacrificar-se em benefício da mesma. Trabalham por modestos salários, e observam a mais estrita economia. Dirigem apelos ao povo a fim de obter meios, e dão por sua parte o exemplo de liberalidade. Rendem a Deus o louvor pelo que se realiza, compreendendo que Ele é o autor e consumador da sua fé, e que é mediante Seu poder que eles são habilitados a progredir. OE 491 2 Por vezes, depois de haverem esses obreiros suportado o cuidado e o calor do dia, e mediante pacientes e perseverantes esforços, terem estabelecido uma escola ou um sanatório, ou dado qualquer outro passo para o desenvolvimento da obra, seus irmãos decidem que um outro poderia cuidar disso melhor, devendo, portanto, tomar conta do trabalho que eles estavam fazendo. Em alguns casos, essa decisão é tomada sem a devida consideração e honra para os que estiveram a parte desagradável do trabalho, que labutaram, oraram e lutaram, pondo em seus esforços todas as suas forças e energias. OE 491 3 Deus não Se agrada dessa maneira de lidar com Seus obreiros. Ele pede a Seu povo que apóie as mãos dos que edificam a obra em lugares novos e difíceis, dirigindo-lhes palavras de animação. OE 492 1 Em seu ardor, em seu zelo pelo avançamento da causa, esses obreiros podem cometer erros. Podem, em seu desejo de obter meios para a manutenção de empreendimentos necessários, envolver-se em projetos que não serão os mais benéficos para a obra. Vendo o Senhor que esses planos os distrairiam daquilo que deseja que façam, permite que lhes sobrevenham decepções, destruindo-lhes as esperanças. O dinheiro é sacrificado, e isso ocasiona grande desgosto para aqueles que esperavam ansiosamente adquirir meios para o sustento da causa. OE 492 2 Enquanto os obreiros estavam pondo em tensão cada nervo a fim de levantar fundos para ajudá-los numa emergência, alguns de seus irmãos ficavam de parte criticando e suspeitando mal, dando má interpretação aos motivos dos sobrecarregados obreiros, e tornando-lhes mais difícil a tarefa. Cegos pelo egoísmo, esses críticos não percebiam sentirem-se seus irmãos suficientemente aflitos sem a censura de homens que não haviam suportado sérios encargos e responsabilidades. A decepção é uma provação grande, mas o amor cristão pode transformar a derrota em vitória. Os reveses ensinarão a cautela. Aprendemos por meio das coisas que sofremos. Assim adquirimos experiência. OE 492 3 Manifeste-se sabedoria e cuidado ao tratar com obreiros que, embora hajam cometido erros, revelaram um interesse sincero e abnegado na obra. Digam-lhes os irmãos: "Não faremos a coisa pior, colocando outro em vosso lugar, sem dar-vos oportunidade de reparar vosso erro, e colocar-vos vantajosamente, livres da carga de uma crítica injusta." Dai-lhes tempo de se ajustarem, de vencerem as dificuldades que os rodeiam, e de se colocarem perante os anjos e os homens como obreiros dignos. Eles cometeram erros, mas, teriam aqueles que deles duvidaram e os criticaram, procedido melhor? Aos fariseus acusadores, Cristo disse: "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela." João 8:7. OE 493 1 Há pessoas precipitadas em seu desejo de reformar o que lhes parece não estar direito. Pensam que deviam ser escolhidas para ocupar o lugar dos que cometeram erros. Desvalorizam o que foi feito por esses obreiros sob as críticas dos que os vigiavam. Dizem, por suas ações: "Posso fazer grandes coisas. Sou capaz de levar a obra avante com êxito." Tenho instruções para dizer aos que julgam que sabem tão bem evitar os erros: "Não julgueis, para que não sejais julgados." Mateus 7:1. Talvez possais evitar o erro em certos pontos, mas em outros, estais sujeitos a cometer sérios desatinos, bem difíceis de remediar, e que trariam confusão à obra. Esses erros seriam mais prejudiciais do que os que foram cometidos por vossos irmãos. OE 493 2 As instruções que me foram dadas são que os homens que lançam as bases de uma obra, e que, a despeito de preconceitos, vão abrindo seu caminho, não devem ser deixados mal para que outros lhes ocupem o lugar. Há zelosos obreiros que, a despeito da crítica de alguns de seus irmãos, têm marchado avante na obra que Deus disse devia ser feita. Fossem eles então removidos da posição de responsabilidade que ocupam, e dar-se-ia uma impressão injusta a respeito deles, e desfavorável para a obra, porque as mudanças operadas seriam consideradas como a confirmação das injustas críticas feitas, e dos preconceitos existentes. É o desejo do Senhor que não se dê nenhum passo que seja uma injustiça para com aqueles que têm trabalhado longa e ativamente para edificar a obra que lhes foi dada. OE 494 1 Fazem-se muitas mudanças que melhor seria nunca tivessem lugar. Muitas vezes, quando certos obreiros ficam descontentes, em vez de serem animados a permanecer ali e tornar sua obra bem-sucedida, são enviados a outro lugar. Mas eles levam consigo os mesmos traços de caráter que lhes têm estragado a obra. Manifestarão o mesmo espírito diferente do de Cristo; pois não aprenderam a lição do serviço paciente e humilde. OE 494 2 Pleiteio uma ordem diversa de coisas. Precisamos fazer mudanças nos grupos de obreiros em nossas associações e instituições. Devem-se procurar homens eficientes e consagrados, os quais se devem animar a unir-se, na qualidade de auxiliares e colaboradores, aos que suportam responsabilidades. Haja uma harmônica união entre os novos e os velhos, no espírito de amor fraternal. Não se façam, porém, mudanças abruptas de direção, de maneira a causar desânimo aos que têm trabalhado diligentemente e com êxito para levar a obra a certo grau de progresso. Deus não sancionará qualquer coisa que se faça de modo a desanimar Seus fiéis servos. Sejam seguidos os princípios de justiça por aqueles cujo dever é assegurar às nossas casas editoras, aos nossos sanatórios e escolas a mais eficiente direção. OE 494 3 Deus pede obreiros. A causa necessita de homens que se fizeram a si mesmos, os quais, colocando-se nas mãos do Senhor como discípulos humildes, se tenham demonstrado coobreiros dEle. Esses são os homens de que se necessita na obra do ministério e das escolas. Que os que têm mostrado ser homens, avancem e façam o que lhes for possível no serviço do Mestre. Que entrem nas fileiras de obreiros e, mediante esforço paciente e contínuo, demonstrem seu valor. É na água, e não na terra que aprendemos a nadar. Preencham eles com fidelidade o lugar a que são chamados, a fim de se habilitarem a suportar responsabilidades ainda maiores. Deus dá a todos oportunidade de se aperfeiçoar em Seu serviço. ... OE 495 1 Deus dotou alguns de Seus servos com talentos especiais, e ninguém é autorizado a rebaixar a excelência dos mesmos. Ninguém, no entanto, deve servir-se de seus talentos para exaltar-se a si mesmo. Não se considerem como havendo sido mais favorecidos do que seus semelhantes, nem se exaltem sobre outros obreiros sinceros e diligentes. O Senhor olha para o coração. Aquele que é mais dedicado ao serviço de Deus, mais altamente estimado é pelo universo celeste. OE 495 2 O Céu está observando para ver como os que ocupam posições de influência se desempenham de sua mordomia. O que se exige deles, nesse caráter de mordomos, é proporcional à influência que exercem. Em seu trato para com os homens, eles devem ser como pais -- justos, brandos, verdadeiros. Devem assemelhar-se a Cristo no caráter, unindo-se com os irmãos pelos mais estreitos laços de unidade e comunhão. -- Testimonies for the Church 7:277-282. ------------------------Capítulo 106 -- "Consideremo-nos uns aos outros" OE 496 1 Encontrareis muitas vezes almas que se acham sob o peso da tentação. Não sabeis quão severamente Satanás pode estar lutando com elas. Cuidai para que não desanimeis essas almas, dando assim vantagem ao tentador. OE 496 2 Quando quer que vejais ou ouçais alguma coisa que deva ser corrigida, buscai do Senhor sabedoria e graça, para que, procurando ser fiéis, não sejais severos. É sempre humilhante para uma pessoa, ver seus erros apontados. Não torneis essa experiência mais amarga por meio de censuras desnecessárias. A crítica descortês traz desânimo, tornando a vida destituída da luz do Sol e infeliz. OE 496 3 Meus irmãos, prevalecei pelo amor mais do que pela severidade. Quando uma pessoa em falta se torna consciente de seu erro, tende cuidado em não lhe destruir o respeito próprio. Não procureis machucar e ferir, mas antes ligar a ferida, curar. OE 496 4 Nenhum ser humano possui sensibilidades tão agudas ou natureza tão refinada como nosso Salvador. E que paciência manifesta Ele para conosco! Ano após ano suporta nossa fraqueza e ignorância, nossa ingratidão e impenitência. Apesar de todos os nossos desvios, nossa dureza de coração, nossa negligência de Suas santas palavras, Sua mão acha-se ainda estendida. E Ele ordena "que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós". João 13:34. OE 496 5 Irmãos, considerai-vos missionários, não entre pagãos, mas entre vossos coobreiros. Requer grande quantidade de tempo e trabalho convencer uma alma acerca das verdades especiais para este tempo. E quando almas são levadas do pecado para a justiça, há alegria na presença dos anjos. Julgais vós que os espíritos ministradores que vigiam sobre essas almas se agradam de ver com que indiferença são tratadas por muitos que se declaram cristãos? Dominam as preferências do homem. Manifesta-se parcialidade. Favorece-se a um, enquanto outro é tratado rudemente. OE 497 1 Os anjos olham com reverência e assombro para a missão de Cristo ao mundo. Maravilham-se do amor que O levou a dar-Se em sacrifício pelos pecados dos homens. Mas quão levianamente consideram os seres humanos a alma comprada por Seu sangue! OE 497 2 Não precisamos começar por esforçar-nos a amar-nos uns aos outros. O amor de Cristo no coração é o de que se precisa. Quando o próprio eu é submergido em Cristo, o amor verdadeiro salta espontâneo. OE 497 3 Na paciente benignidade havemos de vencer. É a paciência no serviço que traz descanso à alma. É por meio dos humildes, diligentes, fiéis trabalhadores que é promovido o bem-estar de Israel. Uma palavra de amor e encorajamento fará mais para subjugar o temperamento precipitado e a disposição voluntariosa do que todas as críticas e censuras que pudésseis amontoar sobre a pessoa em erro. OE 497 4 A mensagem do Mestre tem de ser declarada no espírito do Mestre. Nossa única segurança está em conservar nossos pensamentos e impulsos sob o controle do grande Ensinador. Anjos de Deus darão a todo fiel obreiro uma rica experiência ao fazerem isso. A graça da humildade moldará nossas palavras em expressões de ternura semelhante à de Cristo. -- Testimonies for the Church 7:265, 266. ------------------------Capítulo 107 -- Disciplina da igreja OE 498 1 Tratando com membros que praticam faltas, o povo de Deus deve seguir estritamente as instruções dadas por Jesus no décimo oitavo capítulo de Mateus. Mateus 18:15-18. OE 498 2 Entes humanos são a propriedade de Cristo, resgatados por um preço infinito, e Lhe estão vinculados pelo amor que Ele e o Pai têm manifestado. Quão cuidadosos devemos por isso ser em nosso trato recíproco! O homem não tem direito de suspeitar mal do seu semelhante. Os membros de igreja não têm direito de seguir seus próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que têm cometido faltas. Não devem nem mesmo manifestar qualquer preconceito em relação a eles, porque assim fazendo implantam no espírito de outros o fermento do mal. Relatos desfavoráveis a algum irmão ou irmã são transmitidos entre os irmãos de um para outro e praticam-se erros e injustiças pelo único fato de se não estar disposto a obedecer às instruções do Salvador. OE 498 3 "Se teu irmão pecar contra ti", disse Jesus, "vai, e repreende-o entre ti e ele só." Mateus 18:15. Não relates a outros o caso de teu irmão. Confia-se o caso a uma pessoa, a outra e mais outra; e o mal continua crescendo até que toda a igreja vem a sofrer. Resolve o caso "entre ti e ele só". É este o plano de Deus. OE 498 4 "Não saias depressa a litigar, para que depois ao fim não saibas o que fazer, podendo-te confundir o teu próximo. Pleiteia o teu pleito com o teu próximo, e não descubras o segredo de outro." Provérbios 25:8, 9. Não toleres pecado no teu irmão; mas também não o exponhas ao opróbrio, aumentando assim a dificuldade, de sorte a parecer a repreensão uma vingança. Corrige-o do modo proposto na Palavra de Deus. OE 499 1 Não permitas que teu ressentimento redunde em maldade. Não consintas que a ferida supure abrindo-se em termos impertinentes, que venham a deixar uma nódoa no espírito dos que te ouvem. Não admitas que persistam no teu espírito e no seu, pensamentos amargos. Vai ter com teu irmão e em humildade e sinceridade resolve com ele o problema. OE 499 2 Seja qual for a natureza da ofensa, ela não impede que se adote o mesmo plano divino para redimir mal-entendidos e ofensas pessoais. Falar a sós e no espírito de Cristo com a pessoa que praticou a falta, bastará às vezes para remover as dificuldades. Vai ter com a pessoa que cometeu a ofensa e com um coração cheio do amor e da simpatia de Cristo procura entender-te com ela. Arrazoa com ela com calma e mansidão. Não te exprimas em termos violentos. Fala-lhe num tom que apele para o bom senso. Lembra-te das palavras: "Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados." Tiago 5:20. OE 499 3 Levai a vossos irmãos o remédio que sare o mal-estar da desavença. Fazei quanto em vós cabe para levantá-lo. Por amor da paz e da unidade da igreja, considerai um privilégio senão um dever o fazer isto. Se ele vos ouvir, tê-lo-eis ganho como amigo. OE 499 4 Todo o Céu toma interesse na entrevista que se efetua entre o ofendido e o ofensor. Se este aceita a repreensão ministrada no amor de Cristo, reconhecendo a sua falta e pedindo perdão a Deus e a seu irmão, a luz celestial inundará sua alma. A controvérsia estará terminada; a amizade e confiança são restauradas. O óleo da caridade faz cessar a dor provocada pela injustiça; e o Espírito de Deus une coração a coração e há música no Céu, pela união assim efetuada. OE 500 1 Quando as pessoas deste modo harmonizadas e de novo unificadas na comunhão cristã fizerem então orações a Deus, comprometendo-se a proceder retamente, a fazer misericórdia e andar em humildade diante dEle, receberão grandes bênçãos. Se tiverem feito injustiças a outros, prosseguirão na sua obra de arrependimento, de confissão e de restituição, inteiramente dispostas a praticar mutuamente o bem. Este é o cumprimento da lei de Cristo. OE 500 2 "Se te não ouvir, porém, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada." Mateus 18:16. Toma contigo a irmãos espirituais, e fala com o que estiver em erro acerca de sua falta. É possível que ceda ao apelo desses irmãos. Vendo que há acordo no assunto, talvez se persuada. OE 500 3 "E, se os não escutar", que se deverá fazer então? Deverão alguns poucos numa reunião de comissão tomar a responsabilidade de excluir o irmão? "Se os não escutar", continua dizendo Jesus, "dize-o à igreja." Deixai que a igreja decida o caso de seus membros. OE 500 4 "Se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano." Verso 17. Se ele não escutar a igreja, se recusar os esforços enviados para reconquistá-lo, é a igreja que deve tomar a si a responsabilidade de excluí-lo da sua comunhão. Seu nome deverá então ser riscado do livro. OE 501 1 Nenhum oficial de igreja deve aconselhar, nenhuma comissão recomendar, e nenhuma igreja votar que o nome de alguém que haja cometido falta seja eliminado dos livros da igreja, até que as instruções de Cristo a tal respeito tenham sido escrupulosamente cumpridas. Se essas instruções tiverem sido observadas, a igreja está livre diante de Deus. A injustiça tem então de aparecer como é e ser removida, para que não prolifere. O bem-estar e a pureza da igreja devem ser salvaguardados para que possa estar sem mancha diante de Deus, revestida da justiça de Cristo. OE 501 2 Quando a alma que errou se arrepende e se submete à disciplina de Cristo, cumpre dar-lhe outra oportunidade. E mesmo que se não arrependa e venha a ficar colocada fora da igreja, os servos de Deus têm o dever de tentar esforços com ela, buscando induzi-la ao arrependimento. Se se render à influência do Espírito de Deus, dando evidência do seu arrependimento, confessando e renunciando ao pecado, por mais grave que tenha sido, deve merecer o perdão e ser de novo recebida na igreja. Aos seus irmãos compete encaminhá-la pela vereda da justiça, e tratá-la como desejariam ser tratados em seu lugar, olhando por si mesmos para que não sejam do mesmo modo tentados. OE 501 3 "Em verdade vos digo", continua Jesus, "que tudo que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo que desligardes na Terra será desligado no Céu." Mateus 18:18. OE 501 4 Esta palavra de Cristo conserva a sua autoridade em todos os tempos. À igreja foi conferido o poder de agir em lugar de Cristo. Ela é a instrumentalidade de Deus para a conservação da ordem e da disciplina entre o Seu povo. A ela o Senhor delegou poderes para dirimir todas as questões concernentes à sua prosperidade, pureza e ordem. Sobre ela impôs a responsabilidade de excluir de sua comunhão aos que são indignos dela, que pela sua conduta anticristã acarretam desonra à causa da verdade. Tudo quanto a igreja fizer de acordo com as orientações dadas na Palavra de Deus será sancionado no Céu. A remissão dos pecados OE 502 1 "Aqueles a quem perdoardes os pecados", disse-lhes Cristo, "são perdoados; e aqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." João 20:23. Cristo não dá aqui permissão, para qualquer homem julgar a outros. No sermão do monte, proíbe fazê-lo. É a prerrogativa de Deus. Sobre a igreja em sua qualidade de corpo organizado, porém, Ele coloca uma responsabilidade para com os membros individuais. A igreja tem o dever, para com os que caem em pecado, de advertir, instruir e, se possível, restaurar. "Que... redarguas, repreendas, exortes", diz o Senhor, "com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:2. OE 502 2 Lidai fielmente com os que fazem mal. Adverti toda alma que se acha em perigo. Não deixeis que ninguém se engane a si mesmo. Chamai o pecado pelo seu verdadeiro nome. Declarai o que Deus disse com relação à mentira, à transgressão do sábado, ao roubo, à idolatria e a todos os outros males. "Os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus." Gálatas 5:21. Se eles persistirem no pecado, o juízo que havíeis declarado segundo a Palavra de Deus é sobre eles proferido no Céu. Preferindo pecar, renunciam a Cristo; a igreja deve mostrar que não sanciona seus atos, do contrário ela própria desonra ao Senhor. Deve dizer a respeito do pecado o mesmo que declara o Senhor. Deve tratar com ele segundo as instruções divinas, e sua ação é ratificada no Céu. Aquele que desdenha a autoridade da igreja, despreza a do próprio Cristo. OE 503 1 Há, porém, na questão, um aspecto mais positivo. "Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados." Seja, acima de tudo, conservado este pensamento. No trabalho em prol dos que se acham em erro, dirigi todo olhar para Cristo. Tenham os pastores terno cuidado pelo rebanho do pastoreio do Senhor. Falem ao extraviado da perdoadora misericórdia do Salvador. Animem o pecador a arrepender-se e a crer nAquele que pode perdoar. Declarem, sobre a autoridade da Palavra de Deus: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. Todos quantos se arrependem têm a afirmação: "Tornará a apiedar-Se de nós; subjugará as nossas iniqüidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar." Miquéias 7:19. OE 503 2 Seja o arrependimento do pecador aceito pela igreja com coração agradecido. Conduza-se o arrependido da treva da incredulidade para a luz da fé e da justiça. Coloque-se sua trêmula mão na amorável mão de Jesus. Tal remissão é ratificada no Céu. -- O Desejado de Todas as Nações, 805, 806. ------------------------Capítulo 108 -- Poder para o serviço OE 505 1 O que a igreja necessita nestes dias de perigo é de um exército de obreiros que, como Paulo, se tenham educado para utilidade, que tenham uma profunda experiência nas coisas de Deus, e que sejam cheios de fervor e zelo. Necessita-se de homens santificados e abnegados; homens que não se esquivem a provas e responsabilidades; homens que sejam corajosos e verdadeiros; homens em cujo coração Cristo está formado "a esperança da glória", e que com lábios tocados com santo fogo "preguem a Palavra". Por falta de tais obreiros a causa de Deus definha, e erros fatais, como mortal veneno, pervertem a moral e minam as esperanças de grande parte da raça humana. -- Atos dos Apóstolos, 507. OE 505 2 Os que são homens aos olhos de Deus, e como tais se acham registrados nos livros do Céu, são os que, como Daniel, cultivam toda faculdade de maneira a representar do melhor modo o reino de Deus perante um mundo que jaz na impiedade. É essencial o processo no conhecimento; pois, sendo empregado na causa de Deus, o conhecimento é uma força para o bem. O mundo necessita de homens que pensem, homens de princípios, que cresçam constantemente na compreensão e no discernimento. A imprensa se acha em necessidade de homens que a utilizem da maneira mais proveitosa, para que à verdade sejam dadas asas que a levem rapidamente a toda nação, e língua e povo. OE 506 1 "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar", ordena-nos Cristo, "para que a Minha casa se encha." Lucas 14:23. Em obediência a esta palavra, devemos ir aos inconversos que se acham perto de nós, e aos que estão distantes. Os "publicanos e as meretrizes" devem ouvir o convite do Salvador. Por meio da bondade e da longanimidade de Seus mensageiros, o convite se torna um poder compulsor para erguer os que se acham imersos nas maiores profundezas do pecado. OE 506 2 Os motivos cristãos exigem que trabalhemos com um firme desígnio, um infatigável interesse e crescente insistência, por essas almas a quem Satanás está procurando destruir. Coisa alguma nos deve esfriar a fervorosa, anelante energia pela salvação dos perdidos. OE 506 3 Notai como através de toda a Palavra de Deus se manifesta o espírito de insistência, de implorar a homens e mulheres que se cheguem a Cristo. Devemo-nos apoderar de toda oportunidade, tanto em particular como em público, apresentando todo argumento, insistindo com razões de peso infinito para atrair homens ao Salvador. Com todas as nossas forças nos cumpre insistir com eles para que olhem a Jesus, e aceitem Sua vida de abnegação e sacrifício. Devemos mostrar que esperamos que eles dêem alegria ao coração de Cristo, usando todos os Seus dons para honra de Seu nome. -- A Ciência do Bom Viver, 164, 165. OE 506 4 Não é a duração do tempo que labutamos, mas a voluntariedade e fidelidade em nosso trabalho que o torna aceitável a Deus. É requerida uma renúncia completa do próprio eu em todo o nosso serviço. O menor dever feito com sinceridade e desinteresse é mais agradável a Deus que a maior obra quando manchada pelo egoísmo. Ele olha para ver quanto nutrimos do espírito de Cristo, e quanto nosso trabalho revela da semelhança de Cristo. Considera mais o amor e a fidelidade com que trabalhamos do que a quantidade que fazemos. OE 507 1 Somente quando o egoísmo estiver morto, banida a contenda pela supremacia, o coração repleto de gratidão e o amor houver tornado fragrante a vida -- somente então, Cristo nos está habitando na alma e somos reconhecidos como coobreiros de Deus. -- Parábolas de Jesus, 402. OE 507 2 De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. O obreiro que manifesta falta de cortesia, que mostra impaciência ante a ignorância dos outros ou por se acharem extraviados, que fala bruscamente ou procede sem reflexão, pode cerrar a porta de corações por tal maneira que nunca mais lhes seja dado conquistá-los. OE 507 3 Como o orvalho e a chuva branda caem nas ressequidas plantas, assim deixa cair suavemente as palavras quando procurais desviar os homens de seus erros. O plano de Deus é conquistar primeiro o coração. Devemos falar a verdade com amor, confiando nEle quanto ao poder para a reforma da vida. O Espírito Santo aplicará ao coração a palavra proferida com amor. OE 507 4 Somos naturalmente egocêntricos e opiniosos. Mas, ao aprendermos as lições que Cristo nos deseja ensinar, tornamo-nos participantes de Sua natureza, daí em diante, vivemos a Sua vida. O maravilhoso exemplo de Cristo, a incomparável ternura com que compreendia os sentimentos dos outros, chorando com os que choravam e Se regozijando com os que se regozijavam, deve exercer profunda influência sobre o caráter de todos quantos O seguem em sinceridade. Mediante palavras e atos bondosos, procurarão facilitar o trilho aos pés cansados. -- A Ciência do Bom Viver, 157, 158. OE 508 1 A mais elevada obra da educação não é comunicar conhecimentos, meramente, mas aquela vitalizante energia recebida mediante o contato de espírito com espírito, de alma com alma. Somente vida gera vida. Que privilégio, pois, foi o deles, por três anos em contato com aquela divina vida de onde tem provindo todo impulso doador de vida que tem abençoado o mundo! João, o discípulo amado, mais que todos os seus companheiros, entregou-se ao influxo daquela assombrosa existência. Diz ele: "A vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada." "Todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça." 1 João 1:2; João 1:16. OE 508 2 Não havia, nos apóstolos de nosso Senhor, coisa alguma que lhes trouxesse glória. Era evidente que o êxito de seus labores se devia unicamente a Deus. A vida desses homens, o caráter que desenvolveram, e a poderosa obra por Deus operada por intermédio deles, são testemunhos do que fará por todos quantos forem dóceis e obedientes. -- O Desejado de Todas as Nações, 250. OE 508 3 Diante da honra vai a humildade. Para ocupar um elevado cargo diante dos homens, o Céu escolhe o obreiro que, como João Batista, assume posição humilde diante de Deus. O mais infantil dos discípulos é o mais eficiente no trabalho para Deus. Os seres celestes podem cooperar com aquele que busca, não se exaltar a si mesmo, mas salvar almas. Aquele que mais profundamente sente sua necessidade de auxílio divino, há de pedi-lo; e o Espírito Santo lhe dará vislumbres de Jesus que lhe fortalecerão e elevarão a alma. Da comunhão com Cristo sairá ele para trabalhar pelos que estão perecendo em seus pecados. Está ungido para sua missão; e é bem-sucedido onde muitos instruídos e intelectualmente sábios fracassariam. -- O Desejado de Todas as Nações, 436. OE 509 1 Aquele que convida os homens ao arrependimento, deve comungar com Deus em oração. É mister que se apegue ao Poderoso, dizendo: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares. Dá-me poder para conquistar almas para Cristo." OE 509 2 Diz o apóstolo Paulo: "Quando estou fraco então sou forte." 2 Coríntios 12:10. Quando temos a compreensão de nossa fraqueza, aprendemos a confiar num poder que nos não é inerente. Coisa alguma pode exercer sobre o coração tão poderoso domínio, como o permanente sentimento de nossa responsabilidade para com Deus. Coisa alguma atinge tão plenamente aos mais íntimos motivos de conduta, como o sentimento do amor perdoador de Cristo. Temos de pôr-nos em contato com Deus, então seremos possuídos de Seu Espírito Santo, que nos habilita a pôr-nos em contato com nossos semelhantes. OE 509 3 Regozijai-vos, pois, de que, por meio de Cristo, vos tenhais ligado a Deus, vos tenhais tornado membros da família celestial. Enquanto pondes os olhos para além de vós mesmos, haveis de experimentar contínuo sentimento da fraqueza da humanidade. Quanto menos acariciardes o próprio eu, tanto mais distinta e ampla se tornará vossa compreensão da excelência de vosso Salvador. Quanto mais intimamente vos relacionardes com a fonte da luz e do poder, tanto mais abundante a luz que sobre vós incidirá, e maior o poder com que haveis de trabalhar para Deus. Regozijai-vos de ser um com Deus, um com Cristo, e um com toda a família do Céu. -- O Desejado de Todas as Nações, 493. OE 510 1 Nada é mais necessário em nossos trabalhos do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Devemos mostrar, em nossa vida diária, que temos paz e descanso no Senhor. Esta paz no coração resplandecerá na fisionomia. Imprimirá à voz uma força persuasiva. A comunhão com Deus refletir-se-á no caráter e na vida. Os homens reconhecerão em nós, como nos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Eis o que dá ao obreiro um poder que nada mais será capaz de lhe comunicar. Jamais devemos permitir ser privados de tal poder. OE 510 2 Carecemos de viver uma dupla vida -- vida de pensamento e de ação, de silenciosa prece e infatigável trabalho. A energia recebida pela comunhão com Deus, unida ao ardente esforço de educar o espírito em hábitos ponderados e cautelosos, preparam para os deveres de cada dia, e conservam o espírito em paz em todas as circunstâncias, ainda as mais adversas. -- A Ciência do Bom Viver, 512. OE 510 3 Há para o consagrado obreiro uma maravilhosa consolação em saber que mesmo Cristo, durante Sua vida na Terra, buscava diariamente Seu Pai em procura de nova provisão da necessária graça; e saía dessa comunhão com Deus para fortalecer e abençoar a outros. OE 511 1 Vede o Filho de Deus curvado em oração a Seu Pai! Conquanto seja o Filho de Deus, robustece Sua fé por meio da prece, e mediante a comunhão com o Céu traz a Si mesmo força para resistir ao mal e ministrar às necessidades dos homens. Como o irmão mais velho de nossa raça, conhece as necessidades dos que, cercados de enfermidades e vivendo num mundo de pecado e tentação, desejam contudo servi-Lo. Ele sabe que os mensageiros que acha por bem enviar são homens fracos e falíveis; mas a todos quantos se dedicam inteiramente ao Seu serviço, promete o divino auxílio. Seu próprio exemplo é uma garantia de que a diligente e perseverante súplica a Deus em fé -- fé que leva a uma inteira confiança nEle e completa consagração a Sua obra -- será eficaz em trazer aos homens o auxílio do Espírito Santo na batalha contra o pecado. OE 511 2 Todo obreiro que segue o exemplo de Cristo, estará apto a receber e empregar o poder que Deus prometeu a Sua igreja para a maturação da seara da Terra. Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o Senhor, renovando-Lhe seus votos de consagração, Ele lhes concederá a presença de Seu Espírito, com Seu poder vivificante e santificador. Ao saírem para seus deveres diários, têm eles a certeza de que a invisível atuação do Espírito Santo os habilita a serem "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. -- Atos dos Apóstolos, 56. ------------------------Capítulo 109 -- A recompensa do serviço OE 512 1 "Quando deres um jantar, ou uma ceia", disse Cristo, "não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes nem vizinhos ricos, para que não suceda que eles também te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos." Lucas 14:12-14. OE 512 2 Cristo pinta nessas palavras um contraste entre as práticas interesseiras do mundo e o desprendido ministério de que Ele deu o exemplo em Sua vida. Ele não oferece por esse ministério nenhuma recompensa de lucro ou reconhecimento mundano. "Recompensado te será", diz Ele, "na ressurreição dos justos." Então se tornarão manifestos os resultados de todas as vidas, e cada um ceifará aquilo que semeou. OE 512 3 Este pensamento deve ser para todo obreiro de Deus um estímulo e animação. Nossa obra para Deus parece muitas vezes nesta vida quase infrutífera. Nossos esforços para fazer o bem talvez sejam diligentes e perseverantes, e todavia é possível que nos não seja dado ver-lhes os resultados. Talvez o esforço se nos afigure perdido. Mas o Salvador assegura-nos que nossa obra se acha registrada no Céu, e que a recompensa não pode faltar. Diz o apóstolo Paulo, escrevendo inspirado pelo Espírito Santo: "Não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." Gálatas 6:9. E lemos nas palavras do salmista: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos." Salmos 126:6. OE 513 1 Conquanto a grande recompensa final seja dada na vinda de Cristo, o serviço feito de coração para Deus proporciona mesmo nesta vida uma recompensa. Obstáculos, oposição e amargo e desolador desânimo, o obreiro tem de enfrentar. Talvez ele não veja o fruto de seu labor. A despeito de tudo isso, porém, encontra em seu trabalho uma bendita recompensa. Todos quantos se entregam a Deus num serviço desinteressado pela humanidade, estão cooperando com o Senhor da glória. Este pensamento adoça toda fadiga, retempera a vontade, revigora o espírito para qualquer coisa que possa sobrevir. Trabalhando com coração abnegado, enobrecidos com o ser participantes dos sofrimentos de Cristo, partilhando de Sua compaixão, eles contribuem para avolumar a onda de Seu gozo, e trazem honra e louvor a Seu exaltado nome. Na companhia de Deus, de Cristo e dos santos anjos, são circundados de celeste atmosfera, atmosfera que traz saúde ao corpo, vigor ao intelecto e alegria à alma. OE 513 2 Todos quantos consagram corpo, alma e espírito ao serviço de Deus, hão de receber continuamente uma nova provisão de energia física, mental e espiritual. Os inexauríveis abastecimentos celestiais se acham a sua disposição. Cristo lhes dá o bafejo de Seu próprio espírito, a vida de Sua vida. O Espírito Santo põe Suas mais elevadas energias a operar no coração e na mente. OE 513 3 "Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará." "Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-Me aqui." "A tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial cujas águas nunca faltam." Isaías 58:8-11. OE 514 1 Muitas são as promessas de Deus aos que ministram a Seus aflitos. Ele diz: "Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o livrará e o conservará em vida; será abençoado na Terra, e Tu não o entregarás à vontade de seus inimigos. O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; Tu renovas a sua cama na doença." "Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na Terra, e verdadeiramente serás alimentado." Salmos 41:1-3; 37:3. "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares." "Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros que retêm mais do que é justo, mas é para sua perda." "Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e Ele lhe pagará o seu benefício." "A alma generosa engordará, e o que regar também será regado." Provérbios 3:9, 10; 11:24; 19:17; 11:25. OE 514 2 Conquanto muito do fruto de seus labores não apareça nesta vida, os obreiros de Deus têm, da parte dEle a firme promessa do êxito final. Como Redentor do mundo, Cristo tinha constantemente de enfrentar um aparente fracasso. Parecia realizar pouco da obra que anelava fazer em erguer e salvar. Instrumentos satânicos operavam de contínuo para Lhe obstruir o caminho. Mas não desanimava. Ele via sempre diante de Si o resultado de Sua missão. Sabia que a verdade havia de afinal triunfar, no conflito contra o mal, e disse a Seus discípulos: "Tenho-vos dito isto, para que em Mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo." João 16:33. A vida dos discípulos de Cristo tem de ser como a dEle, uma série de ininterruptas vitórias -- que aqui não parecem vitórias, mas que serão reconhecidas como tais no grande porvir. OE 515 1 Aqueles que trabalham para o bem dos outros, fazem-no em união com os anjos celestiais. Têm sua constante companhia, seu incessante ministério. Anjos de luz e poder se acham sempre perto para proteger, confortar, sarar, instruir, inspirar. A eles pertence a mais elevada educação, a mais verdadeira cultura, o mais exaltado serviço ao alcance de seres humanos neste mundo. OE 515 2 Muitas vezes nosso misericordioso Pai anima a Seus filhos e lhes fortalece a fé, permitindo que vejam aqui provas do poder de Sua graça sobre o coração e a vida daqueles por quem trabalham. "Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não torna, mas rega a terra, e a faz produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da Minha boca: ela não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face, e todas as árvores do campo baterão as palmas. Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta: o que será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará." Isaías 55:8-13. OE 516 1 Na transformação do caráter, na renúncia das paixões, no desenvolvimento das doces graças do Espírito Santo, vemos o cumprimento da promessa: "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta." Vemos que o deserto da vida "exultará e florescerá como a rosa". Isaías 35:1. OE 516 2 Cristo Se deleita em tomar material de que, aparentemente, não há esperança -- aqueles que Satanás tem degradado, e por cujo intermédio tem operado -- e torná-los objeto de Sua graça. Ele Se regozija em libertá-los dos sofrimentos e da ira que há de cair sobre os desobedientes. Ele faz de Seus filhos instrumentos na realização desta obra, em cujo êxito, mesmo nesta vida, encontram preciosa recompensa. OE 516 3 Que é isso, porém, comparado com a alegria que hão de experimentar no grande dia da revelação final? "Agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conhecemos em parte, mas então conheceremos como também somos conhecidos." 1 Coríntios 13:12. OE 516 4 A recompensa dos obreiros de Cristo, é entrar em Seu gozo. Aquele gozo, que o próprio Cristo antecipava com ansioso desejo, é apresentado em Sua petição ao Pai: "Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." João 17:24. OE 517 1 Os anjos estavam esperando para dar as boas-vindas a Jesus, ao ascender Ele depois da ressurreição. As hostes celestiais anelavam por saudar outra vez seu amado General, que lhes era devolvido da prisão da morte. Rodearam-nO ansiosamente, ao penetrar Ele pelas portas celestiais. Mas acenou-lhes para que recuassem. Seu coração estava com o solitário e pesaroso grupo de discípulos que deixara sobre o Olivete. Com Seus filhos em luta aqui na Terra, os quais têm ainda a ferir a batalha contra o destruidor, acha-se também Seu coração. "Pai", diz Ele, "aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." OE 517 2 Os remidos de Cristo são Suas jóias, Seu precioso e particular tesouro. "Como as pedras de uma coroa eles serão" -- "as riquezas da glória da Sua herança nos santos." Zacarias 9:16; Efésios 1:18. "O trabalho de Sua alma, Ele verá" neles, "e ficará satisfeito." Isaías 53:11. OE 517 3 E não se hão de Seus obreiros regozijar quando, por sua vez, contemplam o fruto de seus labores? O apóstolo Paulo, escrevendo aos conversos tessalonicenses, diz: "Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em Sua vinda? Na verdade vós sois a nossa glória e gozo." 1 Tessalonicenses 2:19, 20. E exorta os irmãos filipenses a ser "irrepreensíveis e sinceros", a resplandecer "como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão." Filipenses 2:15, 16. OE 517 4 Todo impulso do Espírito Santo levando homens à bondade e a Deus, é registrado nos livros do Céu, e no dia de Deus todo aquele que se entregou como instrumento à operação do Espírito Santo, poderá ver o que foi produzido por sua vida. ... OE 518 1 Maravilhosa será a revelação, ao ser manifestado o terreno da santa influência, com seus preciosos resultados. Qual não há de ser a gratidão das almas que nos encontrem nas cortes celestiais, ao compreenderem o interesse cheio de simpatia e amor tomado em sua salvação! Todo louvor, honra e glória serão dados a Deus e ao Cordeiro pela nossa redenção; mas não diminuirá a glória de Deus o exprimir reconhecimento para com o instrumento por Ele empregado na salvação de almas prestes a perecer. OE 518 2 Os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que ditosas conversas hão de eles ter com essas almas! "Eu era pecador", dir-se-á, "sem Deus e sem esperança no mundo; e tu te aproximaste de mim, e atraíste minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança. E eu cri nEle. Arrependi-me de meus pecados, e foi-me dado assentar juntamente com Seus santos nos lugares celestiais em Cristo Jesus." Outros dirão: "Eu era pagão, em terras pagãs. Tu deixaste teu lar confortável e vieste ajudar-me a encontrar Jesus, e a crer nEle como único Deus verdadeiro. Destruí meu ídolos e adorei a Deus, e agora vejo-O face a face. Estou salvo, eternamente salvo, para ver perpetuamente Aquele a quem amo. Então eu O via apenas com os olhos da fé, mas agora vejo-O tal como Ele é. É-me dado agora exprimir Àquele que me amou, e me lavou dos pecados em Seu próprio sangue, minha gratidão por Sua redentora misericórdia." OE 518 3 Outros exprimirão seu reconhecimento aos que alimentaram o faminto e vestiram o nu. "Quando o desespero acorrentava minha alma à descrença, o Senhor te enviou a mim", dizem eles, "para dizer-me palavras de esperança e conforto. Trouxeste-me alimento para as necessidades físicas, e abriste-me a Palavra de Deus, despertando-me para minhas necessidades espirituais. Trataste-me como irmão. Tiveste compaixão de mim. Simpatizaste comigo em minhas dores, e restauraste-me a alma quebrantada e ferida, de maneira que me foi possível agarrar a mão de Cristo, estendida para me salvar. Em minha ignorância, ensinaste-me pacientemente que eu tinha no Céu um Pai que de mim cuidava. Leste-me as preciosas promessas da Palavra de Deus. Inspiraste-me fé em que Ele me havia de salvar. Meu coração foi abrandado, rendido, despedaçado, ao contemplar eu o sacrifício que Cristo fizera por mim. Tive fome do pão da vida, e a verdade foi preciosa à minha alma. Aqui estou, salvo, eternamente salvo, para viver eternamente em Sua presença, e louvar Aquele que deu a vida por mim." OE 519 1 Que regozijo há de haver quando esses remidos se encontrarem com os que se preocuparam em seu favor, e os saudarem! E os que viveram, não para se agradar a si mesmos, mas para ser uma bênção para os desafortunados que tão poucas bênçãos desfrutam -- como lhes há de palpitar satisfeito o coração! Eles compreenderão a promessa: "Serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos." Lucas 14:14. OE 519 2 "Então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isaías 58:14. -- Testimonies for the Church 6:305-312. ------------------------O Outro Poder OP 5 1 Prefácio OP 9 1 Capítulo 1 -- O objetivo de nossas publicações OP 13 1 Capítulo 2 -- Como devem ser os textos para os periódicos OP 20 1 Capítulo 3 -- Marcos, fundamentos e pilares OP 23 1 Capítulo 4 -- Reações à nova luz OP 29 1 Capítulo 5 -- Teste da nova luz OP 35 1 Capítulo 6 -- A integridade da mensagem OP 37 1 Capítulo 7 -- Como enfrentar a oposição OP 39 1 Capítulo 8 -- Palavras de advertência OP 45 1 Capítulo 9 -- Atitude para com as autoridades civis OP 49 1 Capítulo 10 -- Publicação de conceitos conflitantes OP 55 1 Capítulo 11 -- Conselhos aos escritores OP 59 1 Capítulo 12 -- Conselhos aos editores OP 69 1 Capítulo 13 -- A revista denominacional OP 73 1 Capítulo 14 -- Revistas missionárias OP 77 1 Capítulo 15 -- Revistas educativas OP 82 1 Capítulo 16 -- Revistas de saúde OP 87 1 Capítulo 17 -- Estratégias de distribuição OP 93 1 Capítulo 18 -- Publicando na imprensa secular OP 94 1 Capítulo 19 -- Tipos de livros necessários OP 99 1 Capítulo 20 -- Duplicação de lançamentos e novas edições OP 101 1 Capítulo 21 -- Publicações independentes OP 105 1 Capítulo 22 -- A comissão editorial OP 107 1 Capítulo 23 -- A remuneração do autor OP 110 1 Capítulo 24 -- Ilustrando nossa literatura OP 117 1 Capítulo 25 -- As publicações na finalização da obra ------------------------Prefácio OP 5 1 Os editores adventistas do sétimo dia de todas as partes do mundo reuniram-se em Washington, D.C., no mês de Agosto de 1939, para participar do concílio editorial mundial, o primeiro a ser realizado. Como fonte de inspiração e guia para esse grupo, os líderes da igreja colocaram em suas mãos as instruções dadas a Ellen G. White, dirigidas aos escritores e editores durante vários anos, extraídas tanto de manuscritos como de materiais publicados. O texto foi distribuído aos editores na forma de uma brochura com o título Counsels to Editors. Alguns exemplares foram enviados aos membros das mesas administrativas das editoras adventistas e a outros que estavam envolvidos com a obra de publicações em todo o campo mundial. OP 5 2 Quinhentos exemplares da obra foram impressos e em pouco tempo acabou o estoque. Muitos outros obreiros adventistas do sétimo dia têm revelado interesse pela mensagem deste livro. Não somente os que redigem textos para serem publicados nos periódicos denominacionais como os que escrevem livros, mas também os evangelistas, os que participam de ou preparam programas de rádio ou televisão, ou lidam com outras mídias podem se beneficiar deste material, por isso ocorreu a preparação de uma publicação permanente. OP 5 3 O leitor poderá observar que determinados trechos das mensagens aqui apresentadas falam abertamente sobre algumas diretrizes prejudiciais e perigos que têm ameaçado a obra. São feitas referências diretas a algumas publicações e mesmo a algumas de nossas casas publicadoras. Esses conselhos serviram de orientação para a obra no passado e por estarem inseridos aqui não significa que constituam uma condenação ou crítica contra as publicações ou casas publicadoras na atualidade, mas, ao contrário, se constituem em advertências contra a repetição de erros antigos. Algumas revistas mencionadas não são mais publicadas. Como um auxílio ao leitor na identificação desses materiais, algumas notas foram adicionadas. Atualmente outras publicações ocupam seu lugar. Os princípios apresentados, contudo, são imutáveis e servem como guia para os dias de hoje. OP 5 4 Nesta edição foram acrescentados alguns artigos que ampliam o escopo para atender melhor às necessidades de um grupo maior de leitores e houve também um rearranjo dos artigos. OP 5 5 Para que o leitor possa mais facilmente perceber o contexto de cada mensagem aqui apresentada, foi acrescentada a data do artigo ou da primeira publicação. Quando se trata de material extraído dos arquivos dos manuscritos de E. G. White o ano faz parte da referência. A data de publicação também aparece como parte da referência nos textos extraídos de periódicos. E nos trechos extraídos de livros, a data de publicação é citada imediatamente após a fonte. OP 6 1 Este pequeno livro é colocado à disposição de toda a igreja com o desejo de que seus conselhos levem a um ministério mais eficaz da palavra escrita e também através dos outros meios de comunicação. Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- O objetivo de nossas publicações OP 9 1 Uma mensagem decisiva -- A grandeza e eficiência da nossa obra dependem grandemente da espécie de literatura que sai dos nossos prelos. Portanto, deve ser exercido grande cuidado na escolha e preparo da matéria que irá ser divulgada para o mundo. São necessários o maior cuidado e discernimento. Nossas energias devem ser devotadas à publicação de literatura da mais pura qualidade e espécie mais enobrecedora. Nossos periódicos devem sair repletos de verdade que apresente interesse vital e espiritual para o povo. OP 9 2 Deus colocou em nossas mãos uma bandeira com a inscrição: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus". Apocalipse 14:12. Essa é uma mensagem distinta, separada -- mensagem que não deve dar sonido incerto. Deverá ela guiar, desviar um povo das cisternas rotas que não contêm água para a infalível Fonte da água da vida. OP 9 3 Compete a nossas publicações a mais sagrada obra de tornar clara, compreensível e simples a base espiritual da nossa fé. Em todos os lugares está o povo tomando posição; todos estão se colocando sob a bandeira da verdade e da justiça ou sob a dos poderes apóstatas que lutam para alcançar a supremacia. Neste tempo, a mensagem de Deus para o mundo deverá ser pregada com tal ênfase e poder que o povo seja posto face a face, mente a mente, coração a coração com a verdade. Todos devem ser levados a ver sua superioridade em relação à multidão de erros que buscam colocar em evidência, a fim de suplantar, se possível, a Palavra de Deus para este tempo solene. OP 9 4 O grande objetivo das nossas publicações é exaltar a Deus e atrair a atenção das pessoas para as verdades vivas da Sua Palavra. Deus nos pede que exaltemos, não as nossas próprias normas, não as normas deste mundo, mas as Suas normas da verdade. OP 9 5 Somente ao fazermos isso é que a Sua mão prosperadora poderá nos abençoar. Examinemos o trato de Deus com o Seu povo no passado. Notemos como, à medida em que desfraldavam a Sua bandeira, Ele os exaltou perante os inimigos. Mas quando, exaltando-se, traíam a sua fidelidade, quando exaltavam um poder e um princípio opostos aos Seus, foram abandonados para atraírem sobre si próprios o desastre e a derrota. [...] OP 10 1 Os editores dos nossos periódicos, os professores de nossas escolas, os presidentes das nossas Associações, precisam todos abeberar-se das águas puras do rio de água da vida. Todos precisam compreender mais amplamente as palavras dirigidas por nosso Senhor à samaritana: "Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é O que te diz: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. [...] Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna". João 4:10-14. [...] OP 10 2 Assuntos para publicação -- Sejam as nossas revistas devotadas à publicação de assuntos vivos, relevantes. Esteja cada artigo repleto de pensamentos práticos, animadores, enobrecedores, pensamentos que comuniquem ao leitor ajuda, iluminação e boa disposição. A religião doméstica, a santidade da família deve ser honrada agora como nunca antes. Se jamais um povo necessitou andar perante Deus como o fez Enoque, devem os adventistas do sétimo dia fazer isso agora, demonstrando a sua sinceridade por meio de palavras puras, limpas, repletas de simpatia, ternura e amor. OP 10 3 Vezes há em que são necessárias palavras de reprovação e censura. Os que estão fora do caminho reto precisam ser despertados para ver o perigo que correm. É preciso transmitir-lhes uma mensagem que os sacuda da letargia que embota seus sentidos. É preciso haver uma renovação moral, para que as pessoas não pereçam em seus pecados. Que a mensagem da verdade, qual espada afiada de dois gumes, penetre até ao coração. Façam apelos que despertem os negligentes, e reconduzam para Deus as mentes néscias e confusas. OP 10 4 A atenção do povo precisa ser atraída. Nossa mensagem é um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Está em jogo a salvação das pessoas. Multidões estão no vale da decisão. Uma voz deve ser ouvida a proclamar: "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o". 1 Reis 18:21. [...] OP 10 5 A mensagem para este tempo -- Tenham todos muito mais para ensinar, escrever e publicar quanto às coisas que estão para se cumprir e se relacionam com a felicidade eterna das pessoas. Devemos distribuir alimento na estação própria a idosos e jovens, a santos e pecadores. Tudo quanto pode ser dito para despertar da sua sonolência a igreja, seja apresentado sem demora. Não haja tempo perdido no trato das coisas que não são essenciais, e não têm relação alguma com as necessidades presentes do povo. [...] OP 11 1 Conceda-se mais tempo à publicação e disseminação de livros que contenham a verdade presente. Que a atenção seja atraída para os livros que tratam da fé e da piedade prática, bem como para os que apresentam as profecias. Deve o povo ser educado para ler a firme palavra da profecia à luz das Sagradas Escrituras. Todos precisam saber que os sinais dos tempos estão se cumprindo. Só Deus pode conceder êxito, quer no preparo quer na disseminação da nossas publicações. -- Testemunhos para a Igreja 7:150-152, 155, 157, 158 (1902). OP 11 2 Uma obra determinada e abrangente -- A mensagem de advertência para este tempo não está sendo transmitida diligentemente no grande mundo comercial. Dia a dia os centros de comércio estão repletos de homens e mulheres que necessitam da verdade para este tempo, mas não obtêm conhecimento para a salvação de seus preciosos princípios porque não são feitos diligentes e perseverantes esforços para alcançar essa classe de pessoas onde elas se encontram. -- Eventos Finais, 118. OP 11 3 As publicações e periódicos que saem de nossos prelos têm uma obra determinada e abrangente a realizar. Essas revistas não devem repetir e debater erros que surgem a todo instante para desviar as mentes daquilo que é a verdade. Que os artigos abordem as verdades da Palavra de Deus, dando claras instruções relativas às verdades da salvação para este tempo e advertindo da proximidade dos juízos de Deus e o fim de todas as coisas. OP 11 4 À medida que a obra se expande, nossas publicações em todas as línguas devem aumentar em circulação. Nossos prelos estão agora em atividade em muitos países, publicando a verdade em francês, dinamarquês, alemão e muitas línguas estrangeiras. Que um espírito de harmonia e unidade prevaleça enquanto a obra é levada avante. Não dispomos de tempo para contendas e discórdias. Em todas as regiões a verdade deve ser publicada como lâmpada que ilumina. Que toda mente indagadora tenha o privilégio de ouvir a verdade para este tempo. -- Manuscrito 61, 1909. OP 11 5 Primeiras instruções e encorajamento -- Em Julho de 1853, vi que não estava correto o procedimento, que a revista, propriedade de Deus e por Ele aprovada, saísse tão raramente. [ A Review and Herald anteriormente a esse período era publicada de forma bastante irregular; e durante essa época, foi publicada quinzenalmente.] A Causa, no tempo em que estamos vivendo, necessita da revista semanalmente, bem como a publicação de muito maior quantidade de folhetos que exponham os crescentes erros deste tempo; mas a obra está sendo atrasada pela carência de meios. Vi que a verdade precisa ir avante e que não devemos ter tanto medo, que seria melhor que revistas e folhetos fossem entregues a três desnecessariamente do que deixassem alguma pessoa sem os receber, a qual os apreciaria e seria beneficiada pela sua mensagem. Vi que os sinais dos últimos dias devem ser expostos claramente, pois as manifestações de Satanás estão aumentando. As publicações de Satanás e seus agentes estão prosperando, seu poder está aumentando, o que temos de fazer para colocar a verdade perante outros precisa ser feito depressa. OP 12 1 Foi-me mostrado que a verdade, se for publicada agora, resistirá, pois é a verdade para os últimos dias; ela viverá, e pouco necessitará dizer-se sobre ela no futuro. Não é necessário colocar na revista inumeráveis palavras para justificar o que fala por si mesmo e brilha em sua própria luz. A verdade é retilínea, clara, explícita, e faz ousadamente sua própria defesa; mas não é assim com o erro. Ele é tão sinuoso e cheio de sombras que necessita de uma multidão de palavras para explicá-lo em sua forma tortuosa. Vi que toda a luz que haviam recebido em alguns lugares tinha vindo da revista; que as pessoas tinham recebido a verdade dessa maneira, e então falado a outros; e que agora em lugares onde há vários conversos, eles haviam sido despertados por esse mensageiro silencioso. A mensagem escrita tinha sido o único pregador. A causa da verdade não deve ser atrasada em seu progresso por falta de meios. -- Primeiros Escritos, 95, 96 (1853). ------------------------Capítulo 2 -- Como devem ser os textos para os periódicos OP 13 1 Práticos, enobrecedores e ajudadores -- Não deve ser publicado em nossos periódicos um gênero indiscriminado de artigos. Histórias vulgares, destituídas de valor, não devem ocupar espaço neles. Há artigos romanceados e de ficção, que não contêm sementes que produzirão bom fruto. Eu diria aos nossos editores: Sejam cuidadosos na escolha do assunto que deve ser levado ao mundo. Demonstrem a maior prudência e discernimento. Sejam cuidadosos para que a Review and Herald e Signs of the Times estejam livres de matéria sem valor. Preciosa matéria, da que já foi publicada, pode ser encontrada para as nossas revistas. OP 13 2 Espero que Deus santifique a compreensão e discernimento de nossos editores. Li um artigo na Signs de algumas semanas atrás, que se prestaria muito bem para um almanaque humorístico, mas para uma revista como a Signs foi apenas palha, pau e restolho. Doeu-me o coração enquanto o lia. Se havia algum germe da verdade na semente semeada, não consegui encontrá-lo. Não creio que o artigo pudesse, de algum modo, beneficiar aqueles que o leram. OP 13 3 O gosto de alguns que escrevem para as nossas revistas precisa ser educado e refinado. Os editores da Review and Herald e da Signs of the Times devem recusar-se a encher as colunas dessas revistas com artigos elaborados por mentes que se revelam a si mesmas nestas produções. Os artigos que tenham qualquer sinal de vulgaridade deveriam ser recusados como algo indigno de consideração, -- a produção daqueles que nada conhecem da pura, elevada e santificada comunhão com Deus. Não encontre lugar em nossos periódicos qualquer matéria que seja inculta ou grosseira. Os artigos que são dirigidos a milhões de leitores devem demonstrar pureza, elevação, santificação da alma, corpo e espírito da parte do autor. A escrita deve ser usada como meio de semear a semente para a vida eterna. Esse é o "Assim diz o Senhor." OP 14 1 Os artigos publicados em nossos periódicos devem conter alimento puro, cuidadosamente peneirado do joio. Vivemos em tempo solene. Busquem nossos editores artigos que contenham experiência viva. Tomem os ministros como parte de seu dever enviar aos nossos periódicos pequenos artigos relatando experiências. Será como alimento para aqueles que trabalham em lugares isolados, em outros países e nas ilhas do mar, escutar as experiências de seus amigos com quem estiveram em companhia. Tais experiências podem ser aos leitores um doce banquete, porque os autores puderam comer do pão que veio do céu. OP 14 2 Não precisamos de ficção; mas há na vida diária experiências que, quando contadas em artigos curtos, e com palavras simples, serão de grande auxílio a muitos. Experimentem nossos obreiros escrever assim. Queremos a verdade, a verdade sólida, de homens, mulheres e jovens consagrados. Vocês, que amam a Deus, e cuja mente está saturada de preciosos itens de experiência, e também das realidades vivas da vida eterna, acendam a chama do amor e da luz no coração do povo de Deus. Ajudem-nos a lidar com os problemas da vida. OP 14 3 Uma pena controlada pelo Espírito Santo -- A palavra e a pena devem ser usadas sob o controle do Espírito Santo. Se este não é o caso com os escritores de nossos periódicos, seria melhor que pusessem de lado a pena, e assumissem trabalho de outra natureza. Deus nos chama para irmos ao monte falar com Ele, e quando contemplamos, pela fé, a Ele, que é invisível, nossas palavras não serão vulgares e comuns. O espaço em nossas revistas é demasiado precioso para ser preenchido com artigos que não sejam o melhor. Seja ele tomado por assuntos de peso, com interesses eternos. Por outro lado, não devemos elevar o nível fora do alcance da mente das pessoas comuns. Sejam os artigos escritos com simplicidade cristã, livres de toda palha e restolho, pois isso será consumido como imprestável. Deus requer textos consagrados. Os artigos publicados em nossas revistas devem estar repletos de pensamentos práticos, inspiradores e enobrecedores, que irão ajudar, ensinar e fortalecer a mente que os lê. Que Deus ajude nossos editores a escolherem sabiamente. -- Manuscrito 80, 1899. OP 14 4 Artigos espirituais X notícias do cotidiano -- Nenhum mordomo de Deus deve exaltar qualquer ser humano, esteja ele vivo ou morto. Deus não nos deu a ordem de pregar esse tipo de mensagem. Todo aquele que for a público, seja pela pena ou pela voz, esteja livre de qualquer tendência de enaltecer um ser humano; pois, ao agir assim, ultrapassa totalmente sua esfera de ação. Ao expressar tais sentimentos, que com tamanha facilidade fluem de penas e lábios humanos, precioso tempo é perdido, tempo que deveria ser usado em discursos apropriados, depois de muita oração a Deus e de convivência com Jesus Cristo. Seja cada palavra temperada com a graça e assim revele que o autor esteve em comunhão com Deus e que está imbuído com Seu Espírito. OP 15 1 Têm sido incluídos em nossos periódicos textos que são encontrados em outras publicações e outros livros, os quais não devem ser repetidos. Há um custo para publicar essas matérias que não têm relação com o tempo ou o interesse espiritual de nosso povo. Os longos registros da guerra podem ser obtidos em qualquer revista ou jornal. Não é papel do mordomo, a quem Deus indicou, trazer diante do povo assuntos que podem ser encontrados em publicações do mundo e quanto menos esses temas forem trazidos a nossas publicações religiosas e mais espaço for dado a temas que são alimento espiritual -- experiências reais, estudos bíblicos e apelos claros, simples e fervorosos --, melhor será para o bem-estar espiritual e o avanço da obra. -- Manuscrito 95, 1898. OP 15 2 Exaltar a Cristo -- Em nossos periódicos não devemos exaltar a obra e o caráter de homens em posições de influência, mantendo constantemente seres humanos diante das pessoas. Mas podemos exaltar a Cristo nosso Salvador tanto quanto quisermos. "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito". 2 Coríntios 3:18. Os que amam e servem a Deus devem ser a luz do mundo, brilhando entre as trevas morais. -- Fundamentos da Educação Cristã, 480 (1899). OP 15 3 Não exaltar seus semelhantes -- O Senhor não tem colocado Seu jugo sobre qualquer um para elevar, vangloriar ou exaltar homens e mulheres. O trabalho ordenado pelo Mestre tem sido voltar a atenção do povo para assuntos da mais elevada importância, para os temas relacionados com a salvação espiritual. Seriam nosso tempo e espaço dedicados a glorificar àqueles que têm trabalhado para promover falsidades? O Senhor deu a cada um a sua obra e àqueles a quem Ele colocou em posições de responsabilidade, seja para escrever ou falar, Ele diz: "Sua obra é pregar a Palavra." OP 15 4 A obra de manter diante do povo as coisas comuns que estão ao nosso redor, as notícias do dia, não é a obra da verdade presente. Nossa obra é preencher cada página publicada com alimento espiritual. Qual o valor do joio diante do trigo? Todas as coisas comuns são sem valor e geralmente não passam de alimento imprestável para aqueles que estão famintos pelo maná celestial. -- Manuscrito 95, 1898. OP 16 1 Não em forma de romance -- Vivemos em importante período da história deste mundo. Uma grande obra deve ser realizada em um curto período de tempo. Sinto-me apreensiva diante da condição de nosso mundo. [...] OP 16 2 Vivemos num tempo que é da maior importância para o nosso mundo. Vemos a necessidade de compreender a instrução dada na Bíblia. A vida religiosa não deve ser representada do púlpito ou em nossos folhetos na forma de um romance. Fere-me o coração ver nos periódicos que saem de nossas editoras a mais importante verdade apresentada diante do povo em forma de romance. Sejam os artigos em nossos periódicos de hoje, quando os interesses eternos de pessoas estão em risco, um alerta para despertar o senso do perigo que correm. Neste tempo, as verdades bíblicas devem exercer uma profunda influência em nosso coração. A verdade genuína deve ser apresentada da forma tal como é pronunciada pelos lábios do maior Mestre que o mundo já conheceu. OP 16 3 Novelas e romances não honram nossas publicações. Tenho me entristecido grandemente pelas publicações que saem de nossos prelos e que rebaixam a verdade a um nível que jamais poderia acontecer. Quanto menos textos assim forem publicados, mais influência a verdade sagrada e genuína relacionada às cenas que sobrevirão terá sobre a mente humana. OP 16 4 "Então, disse Jesus aos Seus discípulos: Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me; porque aquele que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de Mim achá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? Porque o Filho do Homem virá na glória de Seu Pai, com os Seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras". Mateus 16:24-27. OP 16 5 Cristo desaprova -- Há algumas coisas excelentes publicadas em nossas revistas. Quando, porém, aspectos da mais solene verdade são redigidos de modo a assumir a frivolidade de uma representação teatral, sou mandada a dizer que, se Cristo estivesse presente, Ele teria palavras de desaprovação a dizer em relação a essas representações. OP 16 6 A religião pura e imaculada tem de ser constantemente apresentada diante do povo. Que a verdade provenha da pena e da voz de um modo que terá peso para cada ser humano que ler os artigos de nossas revistas ou ouvir nossos pregadores. Estamos lidando com realidades eternas. As lições de Cristo, do começo ao fim, estão carregadas de decisões eternas. -- Manuscrito 17, 1910. OP 17 1 Com estilo semelhante ao da Bíblia -- A mensagem deve ser proclamada com habilidade santificada. Tem sido proferida a Palavra do Senhor. Deus requer corações e lábios santificados. As mensagens de advertência devem ser transmitidas nas grandes cidades, e também nas cidades menores e nas vilas. Os homens escolhidos por Deus devem estar zelosamente em atividade, vendendo nossos livros e disseminando a luz. Os artigos em nossos periódicos não devem apresentar a verdade no estilo de um romance, pois isso debilita a impressão que deve ser causada pela mais solene verdade já confiada aos mortais. Eles devem conter um claro "Assim diz o Senhor". A mensagem deve ser repetida, e apresentadas razões bíblicas, não no estilo de um romance, mas no estilo da Bíblia. Há muitos que estão à espera da evidência da religião verdadeira. OP 17 2 O Senhor declara: "A mensagem deve ser difundida com palavras de solene advertência. Nada que prejudique a clara apresentação da mensagem deve ser introduzido em nossos planos. Temos que ser insistentes na mensagem. A iniquidade nas cidades está aumentando. O adversário tem grande influência sobre os homens porque o Meu povo não abriu o coração para compreender sua responsabilidade. Diga a Meu povo que ele deve assumir sua obra e proclamar a mensagem. Todos devem falar e labutar na simplicidade da verdadeira piedade, e Meu Espírito causará a impressão nos corações. É para fazer soar a autêntica nota de advertência. E Meu anjo irá adiante, se forem santificados pela verdade". -- Carta 88, 1910. OP 17 3 Uma mensagem que deve aparecer com frequência -- No capítulo vinte e um de Lucas, Cristo revelou o que viria sobre Jerusalém e em relação com esse acontecimento Ele fez alusão às cenas que aconteceriam na história deste mundo logo antes da vinda do Filho do homem nas nuvens do Céu com poder e grande glória. Notemos as palavras: "E olhai para vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas essas coisas que hão de acontecer e de estar em pé diante do Filho do Homem". Lucas 21:34-36. OP 17 4 Esse é um alerta a todos os que se dizem cristãos. Aqueles que obtiveram luz sobre as importantes e fundamentais verdades para este tempo, mas que ainda não se prepararam para a vinda do Filho do homem, não estão atentos. "E olhai para vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." Em nenhuma época a indolência espiritual é desculpável. OP 18 1 Somente se formos revestidos com o manto da justiça de Cristo podemos escapar dos julgamentos que virão sobre a Terra. Lembrem-se todos que essas palavras estiveram entre as últimas que Cristo pronunciou aos Seus discípulos. Caso fosse essa instrução repetida com frequência em nossas publicações, e menos espaço fosse usado com assuntos que não contêm nem a centésima parte dessa importância, seria muito mais relevante. Nas sagradas e solenes advertências é dado o sinal de perigo. É essa instrução que os membros da igreja e o povo do mundo precisam, pois essa é a verdade presente. -- Carta 20, 1901. OP 18 2 Artigos de Ellen G. White em novas áreas -- Tenho sido impressionada quanto ao interesse por mais e mais pequenos artigos para os nossos periódicos. Não sinto que deva medir as linhas que escrevo. Penso que se existe algo mais a ser colocado no papel quanto à vida religiosa prática, certamente seria de grande proveito; é disso que o povo precisa. Excluir as experiências reais e ainda apresentar temas controversos não está de acordo com a luz dada por Deus. OP 18 3 Há grande variedade de temas a serem escolhidos entre os muitos testemunhos. Em Christian Education [essa foi a publicação mais primitiva do atual livro Educação] há abundante material, mas se ainda acham que não é o melhor utilizar aquilo que Deus deu como instrução ao Seu povo e a todos os que possam se interessar por ele, então, estão certos em deixá-lo de lado. Porém, se são considerados de grande valia, permitam que falem. Estou um tanto confusa quanto a essa questão. O pedido feito é: Pequenos artigos, irmã White. Nem sempre podem ser assim. Além do mais, há muitos livros meus dos quais se pode selecionar textos, que seriam novidade para os leitores deste país, a Austrália, e para a Nova Zelândia, que são justamente o que precisam. Não considero nenhum sacrifício escrever para o periódico, porque há um novo campo de interesse nesse país e seria uma bênção a todos que recebessem essas mensagens. São feitas seleções de trechos de outros periódicos aparentemente para preencher os espaços. O que o povo precisa é de instrução. O que é preciso fazer para assegurar a salvação? Necessitamos de mais e ainda mais da religiosidade vital publicada nos periódicos. -- Carta 21, 1896. OP 19 1 O testemunho dos obreiros pioneiros -- Têm sido apresentados a mim os enganos que Satanás está operando neste tempo. Fui instruída de que devemos ressaltar o testemunho de alguns dos antigos obreiros que já faleceram. Permitam que continuem a pregar através de seus artigos como nas primeiras edições de nossos periódicos. Os artigos devem ser reimpressos, para que possa ser ouvida a viva voz das testemunhas do Senhor. A história das primeiras experiências na mensagem dará poder para resistir aos astutos enganos de Satanás. Essa ordem foi repetida recentemente. Devo apresentar ao povo os testemunhos da verdade bíblica e repetir as decididas mensagens dadas há tantos anos. Desejo que meus sermões pregados nas reuniões campais e nas igrejas possam ter vida e realizar seu devido trabalho. -- Carta 99, 1905. OP 19 2 As três mensagens angélicas -- A proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas foi demarcada pela Palavra da Inspiração. Nem uma estaca ou prego se deve remover. Nenhuma autoridade humana tem mais direito de mudar a posição dessas mensagens do que de substituir o Antigo Testamento pelo Novo. O Antigo Testamento é o evangelho em figuras e símbolos. O Novo Testamento é a realidade. Um é essencial ao outro. O Antigo Testamento apresenta lições dos lábios de Cristo, e essas lições não perderam sua força em nenhum sentido. A primeira e a segunda mensagens foram dadas em 1843 e 1844, e estamos agora sob a proclamação da terceira; mas todas as três mensagens devem ainda ser proclamadas. É tão essencial agora, como sempre o foi, que sejam repetidas àqueles que estão em busca da verdade. Mediante a pena e a voz devemos fazer soar a proclamação, mostrando sua ordem e a aplicação das profecias que nos levam à terceira mensagem angélica. Não pode haver uma terceira sem a primeira e a segunda. Essas mensagens devemos dar ao mundo em publicações, e em sermões, mostrando em termos de história profética as coisas que aconteceram e as que hão de acontecer. -- Manuscrito 32, 1896. ------------------------Capítulo 3 -- Marcos, fundamentos e pilares OP 20 1 Os pioneiros devem falar -- Deus concedeu-me luz quanto aos periódicos. Que luz é essa? Diz Ele que os mortos devem falar. Como? Suas obras os seguirão. Devemos repetir as palavras dos pioneiros em nossa obra, que sabiam o custo de buscar a verdade como a tesouros escondidos e que labutaram para estabelecer os fundamentos da obra. Avançaram passo a passo sob a influência do Espírito de Deus. Um a um esses pioneiros foram descansando no Senhor. A palavra que me foi dada é: Seja reproduzido tudo o que esses homens escreveram no passado. Em Signs of the Times não publiquem artigos muito longos ou com letras muito pequenas. Não tentem colocar tudo em uma só edição. Que a letra seja adequada e as mais fervorosas e vivas experiências sejam ali publicadas. OP 20 2 Não faz muito tempo recebi um exemplar do Bible Echo [Algumas vezes mencionado apenas como Echo, começou a ser publicado na Austrália, em 1885, como um periódico missionário semanal. Em 1903, tornou-se The Australian Signs of the Times.] Ao folheá-lo, vi um artigo do irmão Haskell e outro do irmão Corliss. Quando coloquei o periódico sobre a mesa, falei: Esses artigos precisam ser publicados. Há neles verdade e poder. Esses homens falaram movidos pelo Espírito Santo. OP 20 3 Mantenham perante o povo as verdades que são o fundamento da nossa fé. Alguns deixarão a fé dando atenção a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Falam apenas em ciência, e o inimigo vem e lhes apresenta muitas evidências científicas; mas não é essa a ciência da salvação. Não é a ciência da humildade, da consagração, da santificação através do Espírito. Devemos agora compreender quais são os pilares da nossa fé: as verdades que fizeram de nós o povo que somos, guiando-nos passo a passo. -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. OP 20 4 A mensagem para hoje -- Nossa tarefa para hoje é: Como podemos compreender mais claramente e apresentar o evangelho que Cristo veio pessoalmente trazer a João na Ilha de Patmos, -- o evangelho denominado "a revelação de Jesus Cristo"? Temos que apresentar ao povo uma clara explanação do Apocalipse. Temos que mostrar a Palavra de Deus tal qual ela é, com o mínimo possível de explicações pessoais. Nenhuma mente pode fazer isso sozinha. Embora tenha-nos sido confiada a maior e mais importante mensagem já apresentada ao mundo, somos apenas bebês no que se refere à compreensão da verdade em toda sua extensão. Cristo é o Grande Mestre, e o que revelou a João devemos aplicar a nossa mente a compreender e a claramente explanar. Estamos diante das questões mais importantes que o homem já foi chamado a defrontar. OP 21 1 O tema da maior importância é a mensagem do terceiro anjo, que abrange as mensagens do primeiro e do segundo anjos. Todos deverão compreender as verdades contidas nessas mensagens e demonstrá-las na vida diária, pois isso é essencial para a salvação. Teremos que estudar com empenho e com oração, a fim de compreender estas grandes verdades. -- Carta 97, 1902. OP 21 2 Definidos os marcos -- Em Mineápolis, Deus concedeu preciosas gemas da verdade ao Seu povo. Essa luz do Céu enviada a algumas pessoas foi rejeitada com toda a resistência que os judeus manifestaram ao rejeitar a Cristo, havendo muita discussão em torno da defesa dos antigos marcos. Ficou evidente, porém, que quase nada sabiam sobre o que eram os antigos marcos. Ficou claro e foram feitos apelos diretos à consciência com base na Palavra de Deus; contudo, as mentes estavam cauterizadas, seladas contra a entrada da luz, porque decidiram que seria um perigoso erro remover os "marcos antigos" quando não se estava removendo nada, além das idéias errôneas do que constituíam os antigos marcos. OP 21 3 O passar do tempo em 1844 foi um período de grandes acontecimentos, expondo ao nosso admirado olhar a purificação do santuário que ocorre no Céu, e tendo clara relação com o povo de Deus na Terra, e com as mensagens do primeiro, do segundo e do terceiro anjos, desfraldando o estandarte em que havia a inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Um dos marcos desta mensagem era o templo de Deus, visto no Céu por Seu povo que ama a verdade, e a arca, que contém a lei de Deus. A luz do sábado do quarto mandamento lançava os seus fortes raios no caminho dos transgressores da lei de Deus. A não-imortalidade dos ímpios é um marco antigo. Não consigo lembrar-me de alguma outra coisa que possa ser colocada na categoria dos antigos marcos. Todo esse rumor sobre a mudança do que não deveria ser mudado é puramente imaginário. OP 21 4 Neste tempo Deus deseja que um renovado impulso seja dado à Sua obra. Satanás observa isso e está determinado a impedi-lo. Sabe que se puder enganar o povo que proclama crer na verdade presente, [e puder fazer com que creia que] a obra que o Senhor designou a Seu povo é a remoção dos marcos antigos, algo que devem, com o mais determinado zelo, resistir, então, exultará sobre o engano que os levou a acreditar. A obra para este tempo certamente tem surpreendido a muitos com seus vários obstáculos, por causa das falsidades apresentadas à mente de muitos dentre nosso povo. O que seria alimento à igreja é considerado perigoso e impróprio para lhe ser dado. E permitem que essa pequena diferença de idéias debilite a fé, cause apostasia, quebre a unidade, semeie discórdia, tudo por não saberem pelo quê estão lutando. Irmãos, não é muito melhor desenvolver a sensibilidade às coisas espirituais? O Céu olha para nós, e o que poderia pensar a respeito dos recentes avanços? Na atual condição, construir barreiras não somente nos priva das preciosas vantagens da grande luz, mas justamente agora, quando tanto precisamos, colocamo-nos onde a luz não pode ser comunicada do Céu para que a possamos levá-la a outros. -- Manuscrito 13, 1889. OP 22 1 Os pioneiros identificaram a verdade -- Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou. Surgirão homens com interpretações das Escrituras que para eles são verdade, mas que não o são. Deu-nos Deus a verdade para este tempo como um fundamento para nossa fé. Ele próprio nos ensinou o que é a verdade. Aparecerá um, e ainda outro, com nova iluminação, que contradiz aquela que foi dada por Deus sob a demonstração de Seu Santo Espírito. OP 22 2 Vivem ainda alguns que passaram pela experiência obtida quando esta verdade foi firmada. Deus lhes tem benignamente poupado a vida para repetir e repetir até ao fim da existência a experiência por que passaram da mesma maneira que o fez o apóstolo João até ao termo de sua vida. E os porta-bandeiras que tombaram na morte devem falar mediante a reimpressão de seus escritos. Estou instruída de que, assim, sua voz se deve fazer ouvir. Eles devem dar seu testemunho relativamente ao que constitui a verdade para este tempo. OP 22 3 Não devemos receber as palavras dos que vêm com uma mensagem em contradição com os pontos especiais de nossa fé. Eles reúnem uma porção de passagens, e amontoam-na como prova em torno das teorias que afirmam. Isso tem sido repetidamente feito, durante os cinquenta anos passados. E se bem que as Escrituras sejam a Palavra de Deus, e devam ser respeitadas, sua aplicação, uma vez que mova uma coluna do fundamento sustentado por Deus nestes cinquenta anos, constitui grande erro. Aquele que faz tal aplicação ignora a maravilhosa demonstração do Espírito Santo que deu poder e força às mensagens passadas, vindas ao povo de Deus. -- Preach the Word, 5 (1905). ------------------------Capítulo 4 -- Reações à nova luz OP 23 1 Guardar a verdade não impede de receber nova luz -- Termos a verdade é um fato e devemos manter firmemente as posições que não podem ser abaladas; mas não devemos olhar com suspeita sobre qualquer nova luz que Deus possa enviar, dizendo: não vemos nenhuma necessidade de mais luz além da antiga verdade que recebemos até aqui e sobre a qual estamos firmados. Enquanto mantivermos essa posição, o testemunho da Testemunha Verdadeira aplica-se a nosso caso como reprovação: "E não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu". Apocalipse 3:17. Aqueles que se sentem ricos e crescendo em bens, sem de nada necessitar, estão cegos em relação a sua verdadeira condição diante de Deus e não têm consciência disso. -- The Review and Herald, 7 de Agosto de 1894. OP 23 2 Dirigidos por Deus, mas não infalíveis -- Cumpre não pensar: "Bem, temos toda a verdade, compreendemos as principais colunas da nossa fé, e podemos descansar neste conhecimento." A verdade é progressiva, e precisamos andar em luz crescente. OP 23 3 Um irmão perguntou: "Irmã White, a senhora acha que precisamos entender a verdade por nós mesmos? Por que não podemos tomar as verdades que outros reuniram, e crer nelas porque eles pesquisaram os assuntos, e assim estaremos livres para prosseguir, sem sobrecarregar as faculdades da mente na pesquisa de todos esses temas? A senhora não acha que esses homens que trouxeram à luz a verdade no passado, foram inspirados por Deus?" OP 23 4 Não ouso dizer que não fossem dirigidos por Deus, pois Cristo guia a toda verdade; mas no que diz respeito à inspiração no mais amplo sentido da palavra, eu digo: Não. Creio que Deus confiou-nos uma obra a fazer, mas se não forem plenamente consagrados a Deus em todos os momentos, colocarão o eu e seus traços peculiares de caráter no que estão fazendo, e colocarão seu modelo sobre a obra, moldando homens na experiência religiosa segundo seu próprio padrão. É perigoso fazermos da carne nosso braço. Devemos depender dos braços do poder infinito. Deus nos tem revelado isso durante muitos anos. Devemos ter fé viva em nosso coração e buscar conhecimento mais amplo e luz superior. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1890. OP 24 1 Brilhando mais e mais -- Um espírito de farisaísmo tem influenciado o povo que diz crer na verdade para estes últimos dias. Estão satisfeitos consigo mesmos. Dizem: "Temos a verdade. Não há mais luz para o povo de Deus". Mas não estamos seguros quando tomamos a posição de que não aceitaremos nada mais além daquilo que temos estabelecido como a verdade. Devemos tomar a Bíblia e investigá-la cuidadosamente por nós mesmos. Devemos escavar as minas da Palavra de Deus em busca da verdade. "A luz semeia-se para o justo, e a alegria, para os retos de coração". Salmos 97:11. Alguns têm me perguntado se eu acho que haverá mais luz para o povo de Deus. Nossas mentes têm se tornado tão estreitas que não compreendemos que o Senhor tem uma poderosa obra a realizar por nós. Crescente luz deve brilhar em nós; "a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Provérbios 4:18. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1889. OP 24 2 Há ainda muitas joias a serem descobertas -- Ao que está em viva comunhão com o Sol da Justiça, sempre se revelará nova luz sobre a Palavra de Deus. Ninguém deve chegar à conclusão de que não há mais verdades a serem reveladas. O que busca a verdade com diligência e oração encontrará preciosos raios de luz que ainda hão de brilhar da Palavra de Deus. Ainda se acham dispersas muitas gemas que devem ser reunidas para tornar-se propriedade do povo remanescente de Deus. -- Conselhos sobre a Escola Sabatina, 34 (1892). OP 24 3 Estudo da doutrina -- Não há desculpas para ninguém assumir a posição de que não há mais verdades a serem reveladas e de que todas as nossas visões da Bíblia não têm qualquer erro. O fato de certas doutrinas terem sido consideradas como a verdade por muitos anos pelo nosso povo não é uma prova de que nossas ideias sejam infalíveis. A idade não transforma o erro em verdade e ela pode ser reexaminada. Nenhuma verdadeira doutrina terá algo a perder pela cuidadosa investigação. OP 24 4 Vivemos em tempos perigosos, e não nos convém aceitar tudo o que é apresentado sem profundo exame; da mesma forma, não podemos rejeitar o que quer que contenha os frutos do Espírito de Deus; devemos ser receptivos, mansos e humildes de coração. Há aqueles que se opõem a tudo o que não está de acordo com as próprias ideias e, por agirem assim, colocam em risco seus interesses eternos tal qual a nação judaica em sua rejeição a Cristo. OP 24 5 O Senhor deseja que nossas opiniões sejam colocadas à prova, que possamos ver a necessidade de examinar detalhadamente os oráculos vivos para ver se estamos ou não andando de acordo com nossa fé. Muitos que professam crer na verdade têm se acomodado, dizendo: "rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta". Apocalipse 3:17. -- The Review and Herald, 20 de Dezembro de 1892. OP 25 1 Como pesquisar as Escrituras -- Como examinaremos as Escrituras? Iremos de um para outro pilar das nossas doutrinas, tentando fazer com que toda a Bíblia se molde a nossas opiniões preconcebidas? Ou levaremos nossas ideias e visões às Escrituras e avaliaremos cada aspecto de nossas teorias em comparação com a Verdade? Muitos que leem e mesmo ensinam a Bíblia, não compreendem a preciosa verdade que estão ensinando ou estudando. OP 25 2 Os homens nutrem erros, embora a verdade esteja claramente assinalada; mas se trouxessem suas próprias doutrinas à luz da Palavra de Deus e não lessem a Palavra de Deus à luz de suas doutrinas, para provar que suas ideias estão certas, não andariam em escuridão e cegueira e nem alimentariam o erro. Muitos conferem às palavras da Bíblia um significado que se adapte a suas opiniões, enganando a si mesmos e iludindo outros com suas falsas interpretações da Palavra de Deus. OP 25 3 Ao estudarmos a Palavra de Deus, devemos fazê-lo com coração humilde. Todo egoísmo, todo amor pela originalidade, deve ser colocado de lado. Opiniões aceitas por muito tempo não devem ser consideradas infalíveis. Foi a relutância dos judeus em deixar suas antigas tradições que os levou à ruína. Estavam determinados a não ver qualquer falha em suas opiniões próprias e na sua forma de expor as Escrituras. Mesmo que homens respeitados tenham defendido certas visões, se não estiverem claramente sustentadas pela Palavra, devem ser rejeitadas. Os que sinceramente desejam a verdade não serão relutantes em franquear à pesquisa e crítica as suas posições, e não se aborrecerão se suas opiniões e ideias forem contraditadas. Este era o espírito acariciado entre nós quarenta anos atrás. [...] OP 25 4 Temos muitas lições a aprender, e muitas, muitas a desaprender. Unicamente Deus e o Céu são infalíveis. Os que pensam que nunca terão de desistir de um ponto de vista acariciado, jamais terão ocasião de mudar de opinião, serão decepcionados. Enquanto nos apegarmos às próprias ideias e opiniões com determinada persistência, não podemos ter a unidade pela qual Cristo orou. OP 25 5 Pudessem aqueles que são auto-suficientes ver do ponto de vista em que o universo de Deus os vê, pudessem ver como Deus os vê, sentiriam tanta fraqueza, demonstrariam tanto desejo por sabedoria, que clamariam ao Senhor para ser sua justiça; desejariam esconder-se de Sua presença. Diz o apóstolo, "não sois de vós mesmos. Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus". 1 Coríntios 6:19, 20. Quando nossos planos e projetos são rejeitados, quando homens que dependem de nossa orientação concluem que o Senhor deseja que ajam e julguem por si mesmos, não devemos ter espírito de censura ou exercer autoridade arbitrária para compeli-los a aceitarem nossas ideias. Aqueles que ocupam posições de autoridade devem constantemente cultivar o autocontrole. [...] OP 26 1 Seriam os guardiães da doutrina -- A repreensão do Senhor estará sobre os que impedem o caminho, para que não chegue ao povo mais clara luz. Uma grande obra tem de ser feita, e Deus vê que nossos dirigentes necessitam de maior luz, a fim de se unirem aos mensageiros que Ele envia para realizarem a obra que Ele deseja que se faça. O Senhor tem suscitado os mensageiros, e os dotado de Seu Espírito, e tem dito: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados". Isaías 58:1. OP 26 2 Ninguém corra o risco de interpor-se entre o povo e a mensagem do Céu. Essa mensagem há de chegar ao povo; e se não houvesse nenhuma voz entre os homens para a anunciar, as próprias pedras clamariam. Eu suplico a todo pastor que busque o Senhor, ponha de lado o orgulho e a luta pela supremacia, e humilhe o coração diante de Deus. A frieza de coração, a incredulidade dos que deveriam ter fé é que mantêm fracas as igrejas. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1892. OP 26 3 Um sinal de crescimento -- Sempre que o povo de Deus estiver crescendo em graça, obterá constantemente compreensão mais clara de Sua Palavra. Há de distinguir mais luz e beleza em suas sagradas verdades. Isso aconteceu na história da igreja em todos os séculos, e assim continuará até ao fim. Mas à medida que a verdadeira vida espiritual declina, tem sido sempre a tendência cessar o crente de avançar no conhecimento da verdade. As pessoas ficam satisfeitas com a luz já recebida da Palavra de Deus, e desistem de qualquer posterior estudo das Escrituras. Tornam-se conservadoras, e procuram evitar novo exame. OP 26 4 O fato de não haver controvérsias ou agitações entre o povo de Deus, não deveria ser olhado como prova conclusiva de que ele está mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão para temer que não esteja discernindo claramente entre a verdade e o erro. Quando não surgem novas questões em resultado de análise das Escrituras, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem os homens a examinar a Bíblia por si mesmos, para se certificarem de que possuem a verdade, haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê. OP 27 1 Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente, não sabem o que creem. Não compreendem as provas de sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Quando chegar o tempo de prova, ao examinarem a posição em que se encontram, homens que agora pregam a outros, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância. OP 27 2 E há muitos na igreja que contam por certo que compreendem aquilo em que creem, mas que até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas ideias do que têm aceito como verdade. É certo que tem havido entre nós um afastamento do Deus vivo, e um voltar-se para os homens, pondo a sabedoria humana em lugar da divina. OP 27 3 Deus despertará Seu povo; se outros meios falharem, serão introduzidas entre eles heresias, as quais os hão de peneirar, separando a palha do trigo. O Senhor chama todos os que creem em Sua Palavra, para que despertem do sono. Tem vindo uma preciosa luz, apropriada aos nossos dias. É a verdade bíblica, mostrando os perigos que se acham muito perto de nós. Essa luz nos deve levar ao estudo diligente das Escrituras, e a um mais atento exame crítico das posições que mantemos. OP 27 4 É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da verdade, sejam cuidadosa e perseverantemente estudados, com oração e jejum. Os crentes não devem ficar com suposições e mal definidas ideias do que constitui a verdade. Sua fé deve estar firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus, de maneira que, quando o tempo de prova chegar, e forem levados perante os concílios para responder por sua fé, sejam capazes de, com mansidão e temor, dar a razão para a esperança que neles há. OP 27 5 Agitar, agitar, agitar! Os assuntos que apresentamos ao mundo devem ser para nós uma realidade viva. É importante que, ao defender as doutrinas que consideramos artigos fundamentais da fé, jamais nos permitamos o emprego de argumentos que não sejam inteiramente retos. Eles podem fazer calar um adversário, mas não honram a verdade. Devemos apresentar argumentos legítimos, que, não somente façam silenciar os oponentes, mas que suportem a mais profunda e perscrutadora investigação. [...] OP 27 6 Contínua busca por mais luz -- Seja qual for o grande adiantamento intelectual do homem, não pense ele, nem por um momento, que não há necessidade de inteira e contínua pesquisa das Escrituras em busca de maior luz. Como um povo, somos convidados individualmente ao estudo da profecia. Devemos observar atentamente, a fim de distinguir qualquer raio de luz que Deus nos apresente. Devemos apanhar os primeiros clarões da verdade; e, mediante estudo apoiado pela oração, obter mais intensa luz, a qual poderá ser apresentada aos outros. OP 28 1 Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui, podemos estar certos de que Deus os não favorecerá. É Sua vontade que eles marchem sempre avante, recebendo a sempre crescente luz que para eles brilha. OP 28 2 A atitude atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzido uma confiança em si mesmos que os tem levado a não sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior luz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direita e à esquerda, em nossa frente e por trás de nós; mas, como um povo, estamos dormindo. Deus deseja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para a ação. -- Testemunhos para a Igreja 5:708, 709. OP 28 3 É essencial um espírito sincero -- Irmãos, precisamos inserir a pá profundamente na mina da verdade. Podemos debater as questões entre nós e uns com os outros, se tão-somente o fizermos no devido espírito; com demasiada frequência, porém, o próprio eu é grande, e logo que começa a pesquisa, é manifestado um espírito não cristão. Isto é precisamente aquilo em que Satanás se deleita, mas deveríamos chegar-nos com um coração humilde para conhecer por nós mesmos o que é a verdade. OP 28 4 Aproxima-se o tempo em que seremos separados e espalhados, e cada um de nós terá de permanecer em pé sem o privilégio da comunhão com os da mesma fé preciosa; e como poderemos ficar em pé, a menos que Deus esteja ao nosso lado e saibamos que Ele nos está dirigindo e guiando? Sempre que somos levados a investigar a verdade bíblica, o Mestre das assembleias está conosco. O Senhor não permite que o navio seja governado um só momento por pilotos ignorantes. Podemos receber nossas ordens do Capitão de nossa salvação. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1890. ------------------------Capítulo 5 -- Teste da nova luz OP 29 1 Não ser preconceituoso -- Quando é apresentada uma doutrina que nos não satisfaz o espírito, devemos dirigir-nos à Palavra de Deus, buscar o Senhor em oração, e não dar lugar ao inimigo para vir com suspeitas e preconceitos. Nunca devemos permitir que se manifeste o espírito que indispôs os sacerdotes e principais contra o Redentor do mundo. Eles se queixavam de que Ele perturbava o povo, e desejavam que os deixasse em paz, pois causava perplexidade e dissensões. Deus nos envia luz para ver de que espírito somos. Não devemos iludir a nós mesmos. OP 29 2 Em 1844, quando se apresentava à nossa atenção qualquer coisa que não compreendíamos, ajoelhávamo-nos e pedíamos a Deus que nos ajudasse a assumir a devida atitude: e depois éramos habilitados a chegar à justa compreensão, e a ter todos a mesma opinião. Não houve dissensão, nem inimizade, nem ruins suspeitas, nem mau juízo contra os irmãos. Se tão-somente soubéssemos o mal do espírito de intolerância, quão cuidadosamente dele haveríamos de fugir! -- Obreiros Evangélicos, 301, 302 (1915). OP 29 3 A prova da nova luz -- Nossos irmãos devem estar prontos a analisar, com sinceridade, todo ponto controvertido. Se um irmão está ensinando um erro, os que, se acham em posição de responsabilidade devem tomar conhecimento; e se está ensinando a verdade, devem colocar-se ao lado dele. Todos devemos saber o que está sendo ensinado entre nós; pois se é verdade, precisamos dela. Todos nos achamos em obrigação para com Deus, quanto a conhecer o que Ele nos envia. Ele nos deu orientações sobre como provar toda doutrina: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação". Isaías 8:20 (VT). Se a luz apresentada passa nesse teste, não nos compete rejeitá-la pelo fato de não concordar com nossas ideias. -- Obreiros Evangélicos, 300, 301 (1915). OP 29 4 Exame de novas visões -- A verdade é eterna e o conflito com o erro somente tornará manifesto o seu poder. Jamais devemos recusar examinar as Escrituras com as pessoas que demonstram ter o desejo de saber o que é a verdade. Suponhamos que um irmão conserve um ponto de vista que difere do nosso, e venha a nós propondo que nos assentemos com ele e façamos um estudo desse ponto das Escrituras; vamos então nos levantar, cheios de preconceito e condenar suas ideias, ao mesmo tempo que recusamos dar-lhe sincera atenção? OP 30 1 A única atitude certa seria assentarmos como cristãos e pesquisar a posição apresentada, à luz da Palavra de Deus, que revelará a verdade e desmascarará o erro. Ridicularizar-lhe as ideias não lhe enfraqueceria no mínimo a posição, se ela fosse falsa, nem fortaleceria a nossa posição, se ela fosse verdadeira. Se as colunas de nossa fé não suportarem a prova da pesquisa, já é tempo de descobrir isso. Entre nós não deve ser alimentado o espírito de farisaísmo. Quando Cristo veio para os Seus, os Seus não O receberam; isso é uma questão solene para nós -- não devemos rejeitar a luz do céu seguindo o mesmo caminho. OP 30 2 Devemos estudar a verdade individualmente. Não se deve esperar que qualquer pessoa pense por nós. Não importa quem seja, ou em que posição esteja colocado, não devemos esperar que alguém seja critério para nós. Devemos aconselhar-nos e estar sujeitos um ao outro, mas ao mesmo tempo devemos exercer a habilidade que Deus nos deu para aprender o que é verdade. Cada um de nós deve buscar a Deus para obter a iluminação divina. Devemos desenvolver, individualmente, um caráter que suporte a prova no dia de Deus. Não devemos ficar apegados às nossas ideias, e pensar que ninguém deve interferir em nossas opiniões. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1889. OP 30 3 Não é revelado a apenas um ou dois -- Deus não esqueceu o Seu povo, escolhendo um homem isolado aqui e outro ali, como os únicos dignos de que lhes confie a verdade. Não dá a um homem luz contrária à estabelecida fé do corpo de crentes. Em toda reforma, surgiram homens pretendendo isso. Paulo advertiu a igreja de seu tempo: "Dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si". Atos 20:3. O maior mal ao povo de Deus vem por intermédio dos que saem de seu meio, falando coisas perversas. Por eles é blasfemado o caminho da verdade. OP 30 4 Ninguém confie em si mesmo, como se Deus lhe houvesse conferido luz especial acima de seus irmãos. Cristo é representado como habitando em Seu povo, e os crentes, como "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito". Efésios 2:20-22. "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor", diz Paulo, "que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos". Efésios 4:1-6. OP 31 1 Acautelar-se contra questões secundárias -- Aquilo a que o irmão D chama luz, é aparentemente inofensivo; não parece que alguém pudesse ser prejudicado por aquilo. Mas, irmãos, é o ardil de Satanás, é a cunha que usa para penetrar. Isso foi tentado repetidamente. Alguém aceita umas ideias novas e originais, que não parecem discordar da verdade. Fala disso e sobre isso se demora, até que lhe parece revestido de beleza e importância, pois Satanás tem poder para lhe dar essa falsa aparência. Por fim torna-se o seu tema todo absorvente, o único e grande ponto em volta do qual tudo gira; e a verdade é desarraigada do coração. OP 31 2 Assim que se iniciaram as ideias erradas no espírito do irmão D, começou ele a perder a fé e a questionar a obra do Espírito, que havia tantos anos vinha se manifestando entre nós. Não é ele homem capaz de guardar isso que ele crê ser luz especial, sem a comunicar a outros; portanto, não é seguro dar-lhe influência que o habilite a abalar outras mentes. Seria abrir uma porta pela qual Satanás introduziria apressadamente muitos erros, para desviar a mente da importância da verdade para este tempo. Irmãos, como embaixadores de Cristo, advirto-lhes que se protejam contra esses movimentos desviados, cuja tendência é distrair a mente da verdade. O erro jamais é inofensivo. Nunca ele santifica, mas sempre traz confusão e dissensão. É sempre perigoso. O inimigo tem grande poder sobre os espíritos que não se acham plenamente fortalecidos pela oração e firmados na verdade bíblica. OP 31 3 Submeter a nova luz a irmãos experientes -- Existem mil tentações disfarçadas, preparadas para os que têm a luz da verdade; e a única segurança para qualquer de nós está em não recebermos nenhuma nova doutrina, nenhuma interpretação nova das Escrituras, antes de submetê-la à consideração dos irmãos de experiência. Apresentem-na a eles, com espírito humilde e pronto para aprender, fazendo fervorosa oração; e, se eles não virem luz nisto, atendam ao seu juízo, porque "na multidão de conselheiros há segurança". Provérbios 11:14. -- Testemunhos para a Igreja 5:291-293 (1885). OP 31 4 Assuntos insignificantes -- Desejo dizer a meus irmãos e irmãs: Mantenham-se apegados às instruções encontradas na Palavra de Deus. Considerem as ricas verdades das Escrituras. Unicamente assim poderão tornar-se um em Cristo. Não tomem tempo para se empenhar em polêmicas acerca de matar insetos. Jesus não lhes deu essa responsabilidade. "Que tem a palha com o trigo?" Jeremias 23:28. Essas questões laterais que surgem são como feno, madeira e palha quando comparados com a verdade para estes últimos dias. Os que deixam as grandes verdades da Palavra de Deus para falar de tais assuntos não estão pregando o evangelho. Estão lidando com sofismas vazios que o inimigo salienta para distrair a mente das verdades que dizem respeito a seu eterno bem-estar. Não têm nenhuma palavra de Cristo para apoiar suas suposições. OP 32 1 Não gastemos nosso tempo na discussão de tais matérias. Se temos quaisquer dúvidas no que concerne ao que nos cumpre ensinar, aos temas em que devemos demorar, devemos ir direto aos ensinamentos do grande Mestre, e seguir-Lhe as instruções. [...] OP 32 2 Teorias errôneas, sem autoridade da Palavra de Deus, hão de entrar de um lado e do outro, e aos fracos estas teorias parecerão verdade que torna sábio. Elas, porém, são como nada. E por causa disso muitos membros de igreja têm ficado tão satisfeitos com alimento barato que têm uma religião dispéptica. Por que hão de homens e mulheres amesquinhar sua experiência apanhando fábulas vãs e apresentando-as como assuntos dignos de atenção? O povo de Deus não tem tempo para deter-se nas questões indefinidas, frívolas, que não têm apoio nas reivindicações de Deus. -- Preach the Word, 10 (1901). OP 32 3 Pontos desnecessários à fé -- Há muitos assuntos de que se trata, os quais não são necessários ao aperfeiçoamento da fé. Não temos tempo para seu estudo. Muitas coisas se encontram além da compreensão finita. Devem ser recebidas como verdades fora do alcance de nossa razão, e que não devemos tentar explicar. A revelação as apresenta a nós para serem implicitamente recebidas como palavras de um Deus infinito. Ao passo que todo indagador capaz deve buscar a verdade tal como é em Jesus, há ainda coisas não simplificadas, declarações que a mente humana não pode apreender nem deslindar pelo raciocínio sem estar sujeita a fazer cálculos e explicações humanos, os quais não se demonstrarão um cheiro de vida para vida. OP 32 4 Toda verdade que nos é essencial introduzir na vida prática, que diz respeito à salvação, é tornada clara e positiva. -- Carta 8, 1895. OP 32 5 Uma cilada do inimigo -- Devemos orar por iluminação divina, mas ao mesmo tempo ser cuidadosos quanto à maneira como recebemos tudo quanto se nomeia novo esclarecimento. Precisamos acautelar-nos, não seja que, sob a capa de procurar verdade nova, Satanás nos desvie a mente de Cristo e das verdades especiais para este tempo. Foi-me mostrado que é a tática do inimigo levar as mentes a se deterem em algum ponto obscuro ou sem importância, alguma coisa que não foi plenamente revelada ou não é essencial a nossa salvação. Isso se torna o tema de todos os momentos, a "verdade presente", quando todas as suas pesquisas e suposições só servem para tornar as coisas mais obscuras que antes, e confundir o espírito de alguns que deviam estar buscando unidade mediante a santificação da verdade. -- Carta 7, 1891. OP 33 1 "Nova luz" que abala a fé -- Satanás espera envolver os remanescentes filhos de Deus na ruína geral que está para vir sobre a Terra. À medida que se aproxima a vinda de Cristo, mais determinado e decidido em seus esforços fica ele, a fim de os derrotar. Surgirão homens e mulheres proclamando possuir alguma nova luz ou alguma nova revelação, e cuja tendência é abalar a fé nos marcos antigos. Suas doutrinas não resistem à prova da Palavra de Deus. Mesmo assim, pessoas serão enganadas. Farão circular relatos falsos e alguns serão apanhados pela armadilha. Acreditarão nesses boatos e por sua vez os repetirão, e assim se formará uma cadeia que os liga com o arquienganador. Tal espírito nem sempre se manifestará em aberto desafio às mensagens enviadas por Deus, mas expressa de muitas maneiras uma deliberada incredulidade. Cada falsa declaração feita, alimenta e fortalece essa incredulidade, e por esse meio muitas pessoas serão levadas à decisão do lado errado. -- Testemunhos para a Igreja 5:295, 296 (1895). OP 33 2 Atitude em relação àqueles que alegam possuir nova luz -- Apegue-se firmemente à sua Bíblia, pois suas sagradas verdades podem purificar, enobrecer e santificar a pessoa. Você deve defender a verdade e ensiná-la tal como é em Jesus, do contrário ela não será de valor algum para você. Perante a luz das verdades divinas permita que as opiniões, ideias e sabedoria humanas apareçam como são à vista de Deus -- como loucura. [...] OP 33 3 Se um irmão diverge de você em alguns pontos da verdade, não o exponha ao ridículo, não considere sua luz como sendo falsa, ou dê um sentido falso a suas palavras, ridicularizando-o; não interprete mal suas palavras ou tire-as de seu sentido verdadeiro. Essa não é uma forma conscienciosa de discussão. Não o apresente como sendo herege diante dos outros, quando ainda não estudou com ele suas posições, tomando a Bíblia verso por verso no espírito de Cristo para mostrar-lhe a verdade. Você não conhece a evidência que ele tem para sua fé e assim não pode definir claramente sua posição. Pegue a Bíblia e com espírito amável avalie cada argumento que for apresentado e então mostre-lhe pelas Escrituras se estiver errado. Quando agir assim, sem sentimentos rudes, estará apenas cumprindo seu dever e o dever de todo ministro de Cristo. -- Carta 21, 1888. OP 34 1 Ouça antes de condenar -- Quando nova luz for apresentada à igreja, será perigoso rejeitá-la. Recusar ouvir a mensagem, por ter preconceito contra ela ou contra o mensageiro, não servirá de desculpa perante Deus. Condenar aquilo que não foi analisado ou compreendido não nos exaltará aos olhos dos que são sinceros em suas buscas da verdade. É loucura falar com desprezo a respeito dos que Deus enviou com uma mensagem verdadeira. Se os jovens estão procurando educar-se para ser obreiros em Sua causa, devem aprender o caminho do Senhor e viver de toda palavra que sai da boca de Deus. Não devem convencer-se de que toda a verdade já foi revelada e que o Ser Infinito não tem mais luz para Seu povo. Se se firmam na crença de que toda a verdade já foi revelada, estão em perigo de se desfazerem de preciosas gemas da verdade, que serão descobertas ao volverem os homens a atenção para pesquisar a rica mina da Palavra de Deus. -- Conselhos sobre a Escola Sabatina, 32, 33 (1892). ------------------------Capítulo 6 -- A integridade da mensagem OP 35 1 Marcos da verdade, da experiência e do dever -- Mensagens de toda espécie e tipo têm feito pressão sobre os adventistas do sétimo dia, pretendendo substituir a verdade que, ponto por ponto, tem sido buscada com estudo e oração, e atestada pelo poder milagroso do Senhor. Mas os marcos que nos tornaram o que somos, devem ser preservados, e serão, conforme Deus o mostrou mediante Sua Palavra e o testemunho de Seu Espírito. Ele nos conclama a apegarmos firmemente, com a mão da fé, aos princípios fundamentais baseados em autoridade inquestionável. -- Special Testimonies, Series B 2:59 (1904). OP 35 2 Como um povo, devemos estar firmes sobre a plataforma da verdade eterna, que resistiu a todas as provas. Devemos ater-nos aos seguros pilares de nossa fé. Os princípios da verdade que Deus nos revelou, são nossos únicos, fiéis alicerces. Eles é que fizeram de nós o que somos. O correr do tempo não lhes diminuiu o valor. -- Special Testimonies, Series B 2:51 (1904). OP 35 3 Não deve ser apagado nenhum traço da verdade que tornou o povo adventista do sétimo dia o que ele é. Temos antigos marcos da verdade, da experiência e do dever, e cumpre-nos defender firmemente nossos princípios diante do mundo. -- Testemunhos para a Igreja 6:17. OP 35 4 Mover um bloco ou mexer num detalhe -- Vi um grupo que permanecia bem guardado e firme, não dando atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé da comunidade. Deus olhava para eles com aprovação. Foram-me mostrados três degraus -- a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas. Disse o meu anjo assistente: "Ai de quem mover um bloco ou mexer num detalhe dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das pessoas depende da maneira em que são elas recebidas." De novo fui conduzida às três mensagens angélicas, e vi a que alto preço havia o povo de Deus adquirido a sua experiência. Esta fora alcançada através de muito sofrimento e severo conflito. Deus os havia conduzido passo a passo, até que os pusera sobre uma sólida plataforma inamovível. -- Primeiros Escritos, 258, 259 (1858). OP 36 1 O santuário como ponto de especial ataque -- Futuramente surgirão enganos de toda espécie, e carecemos de terreno sólido para nossos pés. Necessitamos de sólidos pilares para o edifício. Nem a mínima coisa deverá ser omitida de tudo quanto o Senhor instituiu. O inimigo introduzirá doutrinas falsas, tais como a de que não existe um santuário. Este é um dos pontos em que alguns se apartarão da fé. Onde acharemos segurança, senão nas verdades que o Senhor tem estado a dar-nos nos últimos cinquenta anos? -- The Review and Herald, 25 de Maio de 1905. OP 36 2 Satanás está lutando continuamente para sugerir suposições fantasiosas no tocante ao santuário, aviltando as maravilhosas exposições de Deus e do ministério de Cristo para a nossa salvação, a qualquer coisa que se ajuste à mente carnal. Tira do coração dos crentes o poder que ali domina e substitui-o por teorias fantasiosas, inventadas para anular as verdades da expiação e para destruir-nos a confiança nas doutrinas que consideramos sagradas desde que pela primeira vez foi dada a tríplice mensagem. Pretende, assim, despojar-nos da fé na própria mensagem que nos converteu num povo separado e que conferiu à nossa obra a sua dignidade e poder. -- Special Testimonies, Series B 7:17 (1905). OP 36 3 Eu sei que a questão do santuário se firma em justiça e verdade, tal como a temos mantido por tantos anos. O inimigo é que desvia os espíritos para atalhos ao lado. Ele folga quando os que conhecem a verdade se absorvem em coligir textos bíblicos para amontoar em torno de teorias errôneas, sem fundamento na verdade. As passagens bíblicas assim usadas, são mal-aplicadas; não foram dadas para confirmar o erro, mas para fortificar a verdade. -- Obreiros Evangélicos, 303 (1915). ------------------------Capítulo 7 -- Como enfrentar a oposição OP 37 1 "Não podemos descer" -- Tempo e energia podem ser melhor empregados do que demorar-nos sobre os enganos de nossos oponentes que usam de calúnia e falsas representações. Enquanto tempo precioso é empregado seguindo as distorções e subterfúgios de oponentes desonestos, o povo que está aberto à convicção está perecendo por falta de conhecimento. Uma série de enganos tolos inventados pelo próprio Satanás recebe atenção, enquanto o povo está clamando por alimento, por "sustento em tempo oportuno". Salmos 104:27. OP 37 2 Pessoas que treinaram a mente para guerrear contra a verdade são usadas para manufaturar enganos. E não mostraremos sabedoria tomando-os de suas mãos, e passando-os a milhares que jamais teriam pensado neles não tivéssemos nós os publicado ao mundo. É isso que nossos oponentes querem que façamos; querem ser notados e que publiquemos por eles. Isso é especialmente verdade a respeito de alguns. É seu objetivo principal escrever suas falsidades e representar mal a verdade e o caráter daqueles que amam e defendem a verdade. Eles desaparecerão mais rapidamente se forem ignorados, se deixarmos que seus erros e falsidades sejam tratados com desprezo silencioso. Eles não querem ser ignorados. Oposição é o elemento que amam. Não fosse por isso, teriam pouca influência. [...] OP 37 3 Há ocasiões em que suas deslumbrantes mistificações precisam ser contestadas. Quando esse for o caso, isso deve ser feito logo e em poucas palavras, e depois deveríamos prosseguir com nosso trabalho. O plano do ensino de Cristo deve ser o nosso. Ele era franco e simples, indo diretamente à raiz da questão, e o desejo de todos era satisfeito. OP 37 4 Não é o melhor procedimento ser explícito demais e dizer tudo o que pode ser dito sobre um ponto, quando uns poucos argumentos abrangeriam o assunto e seriam suficientes para todos os propósitos práticos a fim de convencer ou silenciar os oponentes. Vocês podem remover todos os argumentos hoje e fechar a boca de provocadores de modo a não poderem dizer nada, e amanhã eles repetirão os mesmos argumentos. Assim será, vez após vez, porque não amam a luz e não vêm à luz, com receio de que sua escuridão e erro sejam removidos deles. É um plano melhor ter uma reserva de argumentos do que derramar um mundo de conhecimento sobre um assunto que poderia ser aceito sem argumento elaborado. O ministério de Cristo durou apenas três anos, e uma grande obra foi realizada neste curto período. Nestes últimos dias há uma grande obra a ser realizada em pouco tempo. Enquanto muitos estão se aprontando para fazer algo, seres humanos estão perecendo por falta de luz e conhecimento. OP 38 1 Se homens que se empenham em apresentar e defender a verdade da Bíblia se empenharem em examinar e mostrar o engano e incoerência de homens que desonestamente mudam a verdade de Deus em mentira, Satanás suscitará oponentes suficientes para manter suas canetas constantemente em uso, enquanto outros ramos da obra serão deixados a sofrer. OP 38 2 Precisamos ter mais do espírito daqueles homens que se empenharam em edificar os muros de Jerusalém. Estamos "fazendo uma grande obra, de modo que não" podemos "descer". Neemias 6:3. Se Satanás percebe que pode manter homens respondendo as objeções de oponentes, e assim manter suas vozes silenciosas, e impedir que façam a obra mais importante para o tempo presente, seu objetivo é alcançado. [...] OP 38 3 O mundo precisa de trabalho agora. Chamados vêm de todas as direções como o clamor macedônico: "Passa [...] e ajuda-nos". Atos 16:9. Argumentos simples e ao ponto, destacando-se os pontos fundamentais, farão mais para convencer as pessoas em geral do que uma longa série de argumentos que cobrem muito terreno, mas que ninguém exceto mentes pesquisadoras terão interesse de seguir. -- Testemunhos para a Igreja 3:36-39 (1872). ------------------------Capítulo 8 -- Palavras de advertência OP 39 1 Deixando que a verdade penetre -- Disse Cristo aos discípulos: "Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas". Mateus 10:16. OP 39 2 Os ataques de Satanás contra os advogados da verdade se tornarão cada vez mais implacáveis e resolutos, até ao próprio fim do tempo. Como nos dias de Cristo os principais sacerdotes e príncipes instigavam contra Ele o povo, assim hoje os guias religiosos provocarão oposição e preconceito contra a verdade para este tempo. O povo será levado a atos de violência e oposição nos quais nunca teriam pensado se não tivessem sido imbuídos do rancor de professos cristãos contra a verdade. OP 39 3 Que procedimento devem seguir os defensores da verdade? Possuem eles a imutável, eterna Palavra de Deus, e devem revelar o fato de que possuem a verdade tal como é em Jesus. Suas palavras não devem ser ásperas e incisivas. Em sua apresentação da verdade devem manifestar o amor, a mansidão e a amabilidade de Cristo. Que a verdade por si mesma produza efeito; a Palavra de Deus é aguda espada de dois gumes, e abrirá caminho até ao coração. Os que sabem que possuem a verdade não devem, pelo emprego de expressões ásperas e severas, dar a Satanás ocasião de interpretar falsamente sua intenção. OP 39 4 Nenhuma acusação injuriosa -- Como um povo, devemos portar-nos como o Redentor do mundo. Quando em controvérsia com Satanás acerca do corpo de Moisés, Cristo não ousou apresentar contra ele uma acusação injuriosa. Judas 9. Recebera provocações bastantes para isso fazer, e Satanás ficou desapontado por não ter podido despertar em Cristo um espírito de vingança. Satanás estava pronto para interpretar mal qualquer coisa feita por Jesus; e o Salvador não lhe deu ocasião, nem ao menos a sombra de uma desculpa. Não Se desviava do caminho reto da verdade a que Se propusera, para seguir pelos atalhos, perversões, distrações e prevaricações de Satanás. OP 39 5 Lemos na profecia de Zacarias que, quando Satanás com toda a sua sinagoga se ergueu para resistir às orações de Josué, o sumo sacerdote, e para resistir a Cristo, que estava prestes a mostrar decidido apoio a Josué, "o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias 3:2. OP 40 1 O procedimento de Cristo ao tratar com o adversário, deve nos ser um exemplo para que, em todas as relações com os outros, jamais façamos contra alguém uma acusação injuriosa; muito menos devemos empregar aspereza ou severidade para com os que podem estar tão ansiosos como nós por saber o caminho reto. OP 40 2 Os que foram educados na verdade por preceito e exemplo, devem ter grande tolerância com os outros, que não tiveram conhecimento das Escrituras senão através das interpretações dadas por pastores e membros da igreja, e que têm recebido tradições e fábulas como se fosse a verdade bíblica. Ficam surpreendidos ao ser-lhes apresentada a verdade; é para eles uma nova revelação, e não suportam que lhes seja apresentada logo no princípio toda a verdade, em seu caráter mais admirável. Tudo lhes é novo e estranho, e totalmente diferente daquilo que ouviram de seus pastores; e são propensos a crer no que os pastores lhes disseram -- que os adventistas do sétimo dia não são confiáveis e que não acreditam na Bíblia. Que a verdade lhes seja apresentada tal como é em Jesus, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. -- Testemunhos para a Igreja 9:239, 240. OP 40 3 Ataques cruéis e insinuações pessoais -- Que aqueles que escrevem em nossas revistas não dirijam rudes ataques e alusões que por certo hão de causar dano, e que obstruirão o caminho e nos impedirão de fazer a obra que devemos fazer a fim de alcançar todas as classes, inclusive os católicos. É nossa obra falar a verdade em amor, e não misturar com a verdade os elementos não santificados do coração natural, e falar coisas que se assemelhem ao mesmo espírito possuído por nossos inimigos. Todas as ásperas acusações recairão sobre nós em medida dupla, quando o poder estiver nas mãos dos que o podem exercer para nosso dano. Muitas e muitas vezes me foi dada a mensagem de que não devemos, a menos que isso seja positivamente necessário para vindicar a verdade, dizer, especialmente em relação a pessoas, uma palavra nem publicar uma sentença que possa instigar nossos inimigos contra nós, e despertar suas paixões até à incandescência. Nossa obra logo será impedida, e logo virá sobre nós o tempo de angústia, tal como nunca houve, e do qual pouca ideia temos. OP 41 4 Desqualificado por afirmações imprudentes -- O Senhor quer que Seus obreiros representem a Ele, o grande Obreiro Missionário. Manifestar algum tipo de precipitação sempre traz dano. A conduta adequada, essencial à vida cristã tem de ser aprendida diariamente na escola de Cristo. Aquele que é descuidado e precipitado em proferir palavras ou em escrevê-las para publicação a ser espalhada pelo mundo, emitindo expressões que nunca mais poderão ser retiradas, está-se desqualificando para receber o legado da sagrada obra que recai neste tempo sobre os seguidores de Cristo. Os que costumam fazer severos ataques, estão formando hábitos que pela repetição se irão fortalecendo, e dos quais terão de arrepender-se. OP 41 1 Devemos examinar cuidadosamente nossas maneiras e nosso espírito, e ver de que modo estamos fazendo a obra que nos foi dada por Deus, a qual envolve a salvação das pessoas. A mais elevada das obrigações repousa sobre nós. Satanás está pronto, ardendo em zelo por inspirar toda a confederação de agentes satânicos, a fim de que os possa levar a unir-se a homens maus e trazer sobre os crentes na verdade, rápido e severo sofrimento. Cada palavra imprudente que seja pronunciada por nossos irmãos, será entesourada pelo príncipe das trevas. OP 41 2 Eu desejaria perguntar: Como ousam finitos seres humanos proferir palavras descuidadas e ferinas que hão de incitar os poderes do inferno contra os santos de Deus, quando Miguel, o arcanjo, não ousou pronunciar contra Satanás juízo blasfemo, mas disse: "O Senhor te repreenda"? Judas 9. OP 41 3 Será impossível evitar completamente dificuldades e sofrimento. Disse Jesus: "Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" Mateus 18:7. Mas pelo motivo de ter de vir o escândalo, devemos ser cuidadosos em não incitar o temperamento natural dos que não amam a verdade, por palavras imprudentes e pela manifestação de um espírito indelicado. OP 41 4 A verdade presente sem censura -- A preciosa verdade tem de ser apresentada em sua força original. Os enganosos erros que se acham espalhados por toda parte e que estão levando cativo o mundo, devem ser desvendados. Está sendo feito todo o esforço possível para confundir as pessoas com raciocínios sutis, por volvê-las da verdade para fábulas e prepará-las para serem seduzidas por fortes enganos. Mas embora elas estejam se volvendo da verdade para o erro, não devemos lhes falar palavra de censura. Procuremos mostrar-lhes o seu perigo e revelar-lhes quão ofensivo para Jesus Cristo é seu modo de proceder; mas seja tudo feito em compassiva ternura. Pela devida maneira de trabalho alguns que foram enredados por Satanás podem ser resgatados de seu poder. Mas não os censuremos nem os condenemos. Ridicularizar a posição mantida pelos que estão em erro, não lhes abrirá os olhos cegos, nem os atrairá para a verdade. OP 42 1 Quando os homens perdem de vista o exemplo de Cristo e não Lhe imitam a maneira de ensinar, tornam-se presunçosos e saem ao encontro de Satanás com as próprias armas dele. O inimigo bem sabe como dirigir suas armas contra os que as empregam. Jesus só falou palavras de pura verdade e justiça. OP 42 2 Se já houve um povo que devesse andar em humildade diante de Deus, esse povo é Sua igreja, Seus escolhidos nesta geração. Todos precisamos deplorar o entorpecimento de nossas faculdades intelectuais, a falta de apreciação dos privilégios e oportunidades. Nada temos de que nos orgulhar. Ofendemos o Senhor Jesus Cristo por nossa rudeza, por acusações não cristãs. Precisamos nos tornar perfeitos nEle. OP 42 3 Acusações aos católicos -- É verdade que nos é ordenado: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados". Isaías 58:1. Essa mensagem tem de ser dada, mas apesar disso, devemos ter o cuidado de não acusar, constranger e condenar os que não possuem a luz que possuímos. Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são cristãos conscienciosos, que vivem segundo a luz que lhes é proporcionada, e Deus atuará em seu favor. Os que têm grandes privilégios e oportunidades, e que não têm aproveitado suas faculdades físicas, mentais e morais, mas antes vivido para agradar a si mesmos e se têm recusado a desempenhar sua responsabilidade, esses estão em maior perigo e em maior condenação diante de Deus, do que os que se acham em erro no que respeita à doutrina, mas, não obstante, procuram viver para fazer bem aos outros. Não censuremos os outros; não os condenemos. OP 42 4 Se permitirmos que considerações egoístas, raciocínio falso e falsas desculpas nos levem a um perverso estado de espírito e coração, de maneira que não saibamos os caminhos e a vontade de Deus, seremos muito mais culpados do que um pecador declarado. Precisamos ser cautelosos para não condenar os que, diante de Deus, são menos culpados do que nós. OP 42 5 Que todos conservem em mente que, em nenhuma situação, devemos convidar a perseguição. Não devemos utilizar palavras ásperas e cortantes. Que tais palavras sejam mantidas longe de qualquer artigo escrito ou de qualquer discurso proferido. Seja a Palavra de Deus que repreenda e corrija; que os homens finitos se escondam e permaneçam em Cristo Jesus. Que o espírito de Cristo apareça. Que todos vigiem suas palavras, de modo que não venham a colocar os que não compartilham de nossa fé em mortal oposição a nós, dando assim a Satanás a oportunidade de utilizar palavras inadvertidas para bloquear o nosso caminho. OP 43 1 Está por ocorrer um tempo de angústia como nunca houve desde que existe nação. É nosso trabalho retirar de todas as nossas apresentações qualquer coisa que tenha o sabor de retaliação ou desafio, aquilo que poderia causar ações contra igrejas ou indivíduos, pois esse não é o caminho nem o método de Cristo. -- Testemunhos para a Igreja 9:239-244 (1909). OP 43 2 Com relação aos católicos -- Irmãos, sinto-me entristecida quando vejo tantos ataques desferidos contra os católicos. Preguemos a verdade, mas refreemos palavras que manifestem um espírito áspero; pois tais palavras não podem ajudar ou esclarecer a ninguém. O Echo é uma revista que deve ser amplamente disseminada. Nada façamos que lhe prejudique a venda. Não há razão por que ela não seja como a luz brilhando em lugar escuro. Mas, por amor de Cristo, demos ouvidos às admoestações dadas quanto a não fazer demolidoras observações quanto aos católicos. Muitos deles leem o Echo, e entre estes há pessoas sinceras que hão de aceitar a verdade. Mas fazem-se coisas que são como fechar-lhes a porta no rosto quando estão a ponto de entrar. Publiquemos no Echo mais animadores testemunhos de ação de graças. Não devemos obstruir seu caminho, impedindo-o de ir a todas as partes do mundo por torná-lo mensageiro de expressões duras. Satanás se regozija quando se encontra em suas páginas uma palavra mordaz. -- Carta 20, 1896. OP 43 3 Menos para dizer -- Há necessidade de um estudo mais aprimorado da Palavra de Deus; especialmente Daniel e Apocalipse devem merecer atenção, como nunca antes na história de nossa obra. Talvez tenhamos menos a dizer em certos aspectos, quanto ao poder romano e ao papado, mas devemos chamar atenção ao que os profetas e apóstolos escreveram pela inspiração do Espírito de Deus. O Espírito Santo tem moldado os assuntos, tanto no dar a profecia, como nos acontecimentos descritos, de forma a ensinar que o instrumento deve ser mantido fora de vistas, oculto em Cristo, e o Senhor Deus do Céu e Sua lei devem ser exaltados. -- Carta 57, 1896. OP 43 4 Evitar artigos de censura -- A luz que tenho para dar ao nosso povo é: Não publiquem artigos de censura em nossos periódicos. Um grande número de preciosas almas andam em escuridão, mas anseiam, clamam e oram por luz. Assim é a situação das igrejas em todos os lugares. -- Manuscrito 46, 1900. OP 44 1 Nem uma gota de fel -- Todo artigo que escrevemos, pode ser inteiramente verdadeiro; mas se contiver uma gota de fel será veneno para o [...] leitor. Por causa dessa gota de veneno, alguém irá rejeitar todas as nossas boas e aceitáveis palavras. Outro pode acolher o veneno; pois gosta de palavras duras. -- Carta 91, 1899. OP 44 2 Enfrentando os leitores no juízo -- Tenho prestado atenção nos seus artigos a respeito da União Cristã Feminina de Temperança, os quais tem sido publicados em nossas revistas. Na obra de temperança é esperado que todo membro de igreja defenda a unidade. Revestir-se da aparência de antagonismo lhes é natural, mas não está de acordo com a ordem de Cristo. Assim estão erguendo barreiras que jamais deveriam aparecer. Depois de ler seus artigos, aqueles que nada sabem a respeito de nossa fé se sentirão inclinados a fazer uma tentativa de unirem-se a nós? O tom de seus artigos tem aroma de farisaísmo. Aquele que espera esclarecer um povo ludibriado, precisa aproximar-se dele e por ele trabalhar com amor. Essa pessoa se deve tornar um centro de santa influência. [...] OP 44 3 As ideias expressadas em seus artigos demonstram tão fortemente o antagonismo que farão mais mal do que possam sequer imaginar. Lembrem-se de que se pelo uso imprudente da pena fecharem a porta mesmo a uma única pessoa, ela irá confrontá-los no julgamento. Oh, quanto tem sido proferido que tem levado pessoas à mágoa e rancor para com a verdade. Palavras que deveriam ser cheiro de vida para a vida foram transformadas em cheiro de morte para a morte pelo espírito que as acompanhou. -- Carta 17, 1900. OP 44 4 No Espírito de Cristo -- Não podemos ajudar os que não têm o temor de Cristo apontando as suas faltas. Não nos foi dada a tarefa de reprovar ou proferir ataques pessoais em nossos periódicos. Essa atitude é enganosa. Não devemos ser "facilmente levados à ira". Lembremo-nos de que através de nossa atitude espiritual demonstramos que estamos nos alimentando de Cristo, o Pão da Vida. Por nossas palavras, nosso temperamento e nossas ações, testificamos àqueles com quem entramos em contato, que o Espírito de Cristo habita em nós. -- Manuscrito 46, 1898. ------------------------Capítulo 9 -- Atitude para com as autoridades civis OP 45 1 Não fazer nenhum ataque -- Alguns irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas como contrárias ao governo e à lei. Está errado expor-nos dessa maneira a um mal-entendido geral. Não é procedimento sábio criticar continuamente os atos dos governantes. Não nos compete atacar indivíduos nem instituições. Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades civis. É certo que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas estão contidas num simples "Assim diz o Senhor". Nossa ocupação consiste em preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos nos desviar para procedimentos que causem polêmica ou suscitem oposição nos que não são da nossa fé. OP 45 2 Não devemos agir de maneira tal que sejamos tidos como adeptos da traição. Devemos descartar dos nossos escritos e palestras toda expressão que, tomada isoladamente, poderia ser mal-interpretada e tida por contrária à lei e à ordem. Tudo deve ser cuidadosamente pesado para não passarmos por fomentadores de deslealdade à nossa pátria e às suas leis. Não é exigido de nós que desafiemos as autoridades. Virá o tempo em que, por defendermos a verdade bíblica, seremos considerados traidores; mas não apressemos esse momento por meio de procedimento imprudente que desperte animosidade e luta. OP 45 3 Condenados pelas próprias palavras -- Tempo virá em que expressões descuidadas de caráter denunciante, displicentemente proferidas ou escritas por nossos irmãos, serão usadas por nossos inimigos para nos condenar. Não serão usadas simplesmente para condenar os que as proferiram, mas atribuídas a toda a comunidade adventista. Nossos acusadores dirão que em tal e tal dia um dos nossos homens responsáveis falou assim e assim contra a administração das leis do governo. Muitos ficarão admirados ao ver quantas coisas foram conservadas e lembradas, as quais servirão de prova para os argumentos dos adversários. Muitos se surpreenderão de como foi atribuído às suas palavras um significado diferente do que era a sua intenção. Sejam nossos obreiros cuidadosos no falar, em todo tempo e sob quaisquer circunstâncias. Estejam todos precavidos para que, por meio de expressões imprudentes, não tragam sobre si um tempo de angústia antes da grande crise que provará os seres humanos. OP 46 1 Recriminações às autoridades e governantes -- Quanto menos recriminações diretas fizermos às autoridades e governantes, melhor trabalho seremos capazes de realizar, tanto nos Estados Unidos como em países estrangeiros. As nações estrangeiras seguirão o seu exemplo. Embora ela seja a líder, a mesma crise atingirá todo o nosso povo em toda parte do mundo. OP 46 2 Nossa ocupação é engrandecer e exaltar a lei de Deus. A verdade da santa Palavra de Deus deve ser divulgada. Devemos apresentar as Escrituras como norma de vida. Com toda a modéstia, no espírito da graça, no amor de Deus, devemos apontar aos homens que o Senhor Deus é o Criador dos céus e da Terra, e que o sétimo dia é o sábado do Senhor. OP 46 3 Em nome do Senhor devemos avançar, desfraldando o Seu estandarte, defendendo a Sua Palavra. Quando as autoridades nos ordenarem que não façamos esse trabalho; quando nos proibirem de proclamar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, então será preciso que digamos, como o fizeram os apóstolos: "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido". Atos 4:19, 20. OP 46 4 A verdade deve ser proclamada com o poder do Espírito Santo. Somente isso pode tornar eficazes as palavras. Unicamente através do poder do Espírito a vitória pode ser alcançada e mantida. O agente humano precisa ser influenciado pelo Espírito de Deus. Por meio da fé na salvação, os obreiros devem ser guardados pelo poder de Deus. Eles devem ter visão divina, para que não seja proferida coisa alguma que incite os homens a nos barrar o caminho. Pela assimilação da verdade espiritual, devemos preparar um povo para, com mansidão e temor, expor a razão da sua fé perante as mais altas autoridades de nosso mundo. OP 46 5 Devemos apresentar a verdade em sua simplicidade, pregar em favor da piedade prática; e fazê-lo no espírito de Cristo. A manifestação de semelhante espírito exercerá sobre nossa própria vida, a melhor das influências e, sobre outros, um poder convincente. Basta dar ao Senhor a oportunidade de atuar por meio de Seus agentes. Nem dá para imaginar o que será possível realizar no futuro, caso façamos com que todos reconheçam que, em todo o tempo e sob quaisquer circunstâncias, Deus está ao leme. Ele agirá por meios adequados, Ele guardará, aumentará e fortalecerá o Seu povo. OP 47 1 Não apressar os tempos tempestuosos -- Os agentes de Deus devem ter zelo santificado, que esteja inteiramente sob o Seu domínio. Tempos tempestuosos nos sobrevirão de forma inesperada, e não devemos agir espontaneamente para apressá-los. Sobrevirão tribulações de espécie tal que encaminharão para Deus todos os que desejam ser Seus, e somente Seus. Sem que sejamos provados na fornalha da provação, não nos conhecemos, e não se justifica que julguemos o caráter de outros nem condenemos os que ainda não receberam a luz da mensagem do terceiro anjo. OP 47 2 Se quisermos que os homens sejam convencidos de que a verdade que cremos santifica a alma e transforma o caráter, não estejamos continuamente lançando veementes acusações sobre eles. Se o fizermos, vamos obrigá-los a deduzir que a doutrina que professamos não pode ser cristã, pois não nos torna bondosos, corteses e respeitosos. O cristianismo não se exterioriza em acusações violentas e condenação. OP 47 3 Muitos dentre o nosso povo estão em perigo de tentar exercer domínio sobre outros, e pressão sobre os seus colegas. Existe o perigo de aqueles a quem são confiadas responsabilidades só reconhecerem um poder -- o da vontade não santificada. Alguns têm exercido esse poder de maneira inescrupulosa, e causado grande abatimento naqueles a quem o Senhor está usando. Uma das maiores maldições do mundo (vista por toda parte, na igreja e na sociedade) é o desejo de supremacia. Os homens se tornam ansiosos por acumular poder e popularidade. Para nossa desolação e vergonha, esse espírito tem se manifestado nas fileiras dos observadores do sábado. Mas o êxito espiritual advém somente aos que aprenderam a mansidão e a humildade, na escola de Cristo. OP 47 4 Devemos lembrar que o mundo nos julgará pelo que aparentamos ser. Que os que buscam representar a Cristo exerçam o cuidado de não exibir traços incoerentes de caráter. Antes de assumirmos um lugar definido na linha de frente, certifiquemo-nos de que o Espírito Santo nos tenha sido outorgado lá dos altos Céus. Quando isso acontecer, pregaremos uma mensagem definida, que será, porém, de espécie muito menos condenatória do que a de alguns; e os que crerem terão muito mais interesse na salvação de nossos oponentes. Deixemos inteiramente com Deus o assunto de condenar as autoridades e governos. Com humildade e amor, defendamos, como sentinelas fiéis, os princípios da verdade tal como é em Jesus. [...] OP 47 5 Apresentação da verdade com espírito bondoso -- A verdade deve ser apresentada com tato divino, gentileza e brandura. Deve provir de um coração enternecido e que tenha simpatia. Necessitamos de íntima comunhão com Deus, do contrário o eu se erguerá, como ocorreu com Jeú, e logo proferiremos uma torrente de palavras inadequadas, que não serão como o orvalho, ou como os suaves chuveiros que fazem reviver as plantas ressequidas. Sejam nossas palavras delicadas ao procurarmos conquistar almas. Deus será sabedoria para aquele que busca sabedoria de uma fonte divina. [...] OP 48 1 Atitude em relação a oponentes -- O plano de Deus deve chegar primeiro ao coração. Falemos a verdade, e deixemos que Ele leve avante o poder e o princípio reformadores. Não façamos alusão ao que dizem os oponentes, mas deixemos que só a verdade seja promovida. A verdade pode penetrar até a medula. Desdobremos claramente a Palavra em toda a sua impressiva natureza. -- Testemunhos para a Igreja 6:394-397, 400 (1900). ------------------------Capítulo 10 -- Publicação de conceitos conflitantes OP 49 1 Unidade de discurso -- Os que pregam ao público por intermédio das nossas revistas devem preservar entre eles a união. Nada que aparente dissensão deverá ser encontrado em nossas publicações. Satanás está sempre buscando causar dissensão, pois bem sabe que por esse meio poderá com maior eficiência frustrar a obra de Deus. Não devemos dar oportunidade aos seus enganos. A oração de Cristo por Seus discípulos foi: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste". João 17:21. Todos os fiéis obreiros de Deus trabalharão em conformidade com essa oração. Em seus esforços para impulsionar a causa, manifestarão todos aquela unidade de sentimento e prática que revela serem eles testemunhas de Deus, que amam uns aos outros. Para um mundo dividido pela discórdia e luta, o seu amor e união dará testemunho da sua ligação com o Céu. Essa será a prova convincente do caráter divino da sua missão. -- Testemunhos para a Igreja 7:156, 157 (1902). OP 49 2 Ninguém tem o direito de, por sua própria responsabilidade, começar a publicar em nossas revistas ideias acerca de doutrinas bíblicas, quando é sabido que outros entre nós mantêm opiniões diversas sobre o assunto, e que isso suscitará controvérsia. -- Testemunhos para a Igreja 5:534, 535 (1889). OP 49 3 Apresentar uma frente unida -- Tenho recebido cartas de alguns que frequentam o Healdsburg College com respeito aos ensinos do irmão _____ sobre as duas leis. Escrevi imediatamente protestando contra seus atos em desacordo com a luz que foi dada por Deus sobre as diferenças de opinião e não obtive qualquer resposta à carta. Talvez essa carta nunca tenha chegado. Se vocês, meus irmãos, tivessem a experiência que eu e meu marido tivemos com relação a essas divergências sendo publicadas em artigos de nossos periódicos, jamais teriam seguido o caminho que seguiram, tanto em suas idéias, que lançaram entre os alunos de nosso colégio, como na publicação do artigo na Signs. Especialmente neste tempo, toda desavença deve ser refreada. Esses jovens são mais autoconfiantes e menos cuidadosos do que deveriam. Diante de qualquer divergência, sejam prudentes como as serpentes e inocentes como as pombas. Ainda que estejam plenamente convencidos de que suas ideias e doutrinas sejam corretas, não demonstram sabedoria ao ressaltar e tornar evidentes tais divergências. OP 50 1 Não hesito em dizer que cometeram um erro. Saíram das positivas instruções que Deus concedeu sobre esse assunto e apenas poderiam levar a maus resultados. Isso não está de acordo com a ordem de Deus. Vocês deram o exemplo para que outros ajam do mesmo modo, sentindo-se livres para colocar suas várias ideias e teorias e trazê-las a público, porque agiram assim. Tudo isso levará a uma situação que não podem imaginar. [...] OP 50 2 Não é tema de menor importância vocês irem à Signs da maneira como fizeram, e Deus claramente revelou que tais atitudes não podem acontecer. Devemos manter diante do mundo uma frente unida. Satanás triunfará ao ver as diferenças entre os adventistas do sétimo dia. Essas questões não são pontos vitais. [...] OP 50 3 Não levar divergências a reuniões gerais -- Levar essas divergências a nossas assembleias gerais é um erro; não deve acontecer. Há aqueles que não vão a fundo, não são estudantes da Bíblia, que tomarão decididamente posições a favor ou contra apegando-se apenas a evidências aparentes; pode ser até que não sejam verdadeiras, assim, levar as divergências a nossas assembleias, tornando-as amplamente difundidas, espalhando ao campo várias ideias, umas em oposição a outras, não é o plano de Deus, pois levanta questionamentos, dúvidas quanto a possuirmos a verdade e se não estamos no erro e no engano. OP 50 4 A Reforma foi grandemente retardada quando se deu muita importância às diferenças em alguns pontos de fé e quando as partes se apegaram tenazmente às coisas nas quais diferiam. Depois de algum tempo estaremos de acordo, mas ficar firmes e considerar ser seu dever apresentar pontos de vista em decidida oposição à fé ou verdade, como tem sido ensinado por nós como povo, é um erro e resultará em prejuízo, e somente prejuízo, como nos dias de Martinho Lutero. Comecem a afastar-se e a sentir-se na liberdade de expressar suas ideias sem consideração para com as ideias de seus companheiros, e introduzir-se-á um estado de coisas com as quais vocês nem sonham. OP 50 5 Visões divergentes em pontos menores -- Meu esposo tinha, sobre certos pontos, algumas ideias que diferiam das de seus irmãos. Foi-me mostrado que, conquanto fossem verdadeiros os seus pontos de vista, Deus não o chamara para colocá-los diante de seus irmãos e criar diferença de ideias. Ele tinha a obrigação de manter esses pontos de vista subordinados a si mesmo, pois caso fossem levados a público, algumas mentes se apegariam a eles enquanto que outras, simplesmente por pensarem de forma diferente, os transformariam em um fardo à mensagem e levantariam disputas e dissensões. OP 51 1 Há pilares essenciais em nossa fé, temas que são de vital interesse, o sábado, a guarda dos mandamentos de Deus. Não devem ser promovidas ideias especulativas, pois há mentes singulares que gostam de apegar-se a um ponto que outros não aceitam, e argumentar e atrair tudo para aquele único ponto, insistindo nele, ampliando-o, quando ele na verdade não é de importância vital e será entendido de maneira discordante. Duas vezes me foi mostrado que se deve conservar em segundo plano tudo o que for de natureza a levar nossos pastores a divergirem dos pontos que são agora essenciais para este tempo. OP 51 2 Cristo não revelou muitas coisas que eram verdade, porque criariam diferenças de opinião e suscitariam discussões. Mas jovens que não passaram pela experiência que tivemos, podem apreciar uma discussão. Nada lhes parece melhor do que um acalorado debate. OP 51 3 Caso temas assim surgissem em nossa assembleia, iria me recusar a discutir qualquer um deles, porque tenho recebido tanta luz sobre o assunto que sei que corações não consagrados e não santificados apreciariam esse tipo de debate. Já é tarde, meus irmãos, já é tarde. Estamos no grande dia da expiação, um tempo em que devemos afligir nossa alma, confessar nossos pecados, humilhar nosso coração diante de Deus e preparar-nos para o grande conflito. Quando vierem essas contendas perante o povo, julgarão que um está com a razão, e depois que outro em posição diretamente contrária tem a razão. O pobre povo fica confuso, e a conferência terá prejuízo total, pior do que se não houvesse conferência. OP 51 4 Agora, quando tudo é dissensão e discórdia, deve haver decididos esforços para manejar, publicar de forma escrita e verbal apenas o que promove a harmonia. [...] OP 51 5 Como vocês acham que me sinto ao ver nossos dois principais periódicos em contenda? Sei como surgiram e sei o que Deus falou sobre eles, que são um, e que nenhuma divergência deve haver entre esses dois instrumentos de Deus. São um e devem permanecer como um, respirando o mesmo espírito, atuantes na mesma obra, para preparar um povo para estar em pé no dia do Senhor, unido na fé, unido no propósito. OP 51 6 O Sickle [foi um periódico missionário de curta duração publicado em 1886] começou em Battle Creek, mas não era seu propósito tomar o lugar da Signs, algo completamente desnecessário. A Signs of the Times é necessária e fará o que o Sickle não pode fazer. Sei que se a Signs for mantida com muitos preciosos artigos, com alimento para o povo, cada família poderia recebê-la. Mas dói o meu coração cada vez que vejo a Sickle. Não foi assim que Deus planejou. Se Satanás puder colocar dissensão entre nós como povo, certamente se regozijará. OP 52 1 Não acho que os anos poderão varrer as impressões deixadas em nossa última assembleia. Sei bem como é tudo isso. Estou certa de que precisamos ter mais de Cristo e menos de nós mesmos. Se há divergência com relação a qualquer parte da compreensão de algum texto bíblico, não usem a pena ou a voz para evidenciar as diferenças e causar uma discórdia onde não é necessário. OP 52 2 Unidade nas verdades fundamentais -- Estamos unidos na fé quanto às verdades fundamentais da Palavra de Deus. Há algo que deve ser mantido em vista constantemente: a harmonia e cooperação deve ser mantida sem comprometer qualquer princípio da verdade. Ao buscar constantemente a verdade como a tesouros escondidos, tenham o cuidado na maneira como apresentam novas e conflitantes opiniões. Temos uma mensagem mundial. Os mandamentos de Deus e os testemunhos de Jesus Cristo são a responsabilidade do nosso trabalho. Ter união e amor entre nós é a grande [obra] que deve ser levada adiante. Há perigo quando nossos ministros fixam-se muito a doutrinas, pregando muitos sermões sobre assuntos controversos, quando sua própria alma necessita da piedade prática. OP 52 3 Há uma porta deixada aberta para a discórdia, rivalidade, contenda e diferenças que ninguém pode ver senão Deus. Seus olhos veem o fim desde o princípio. A magnitude dos danos apenas Deus sabe. A mágoa, a ira, o ressentimento, a inveja, a fúria provocada por conflitos de ambos os lados leva à perda de muitas almas. OP 52 4 Que o Senhor nos permita perceber a necessidade de beber da viva fonte da água da vida. Seus puros caudais nos revigorarão e curarão, revigorando também todos os que se relacionam conosco. Quão bom seria se os corações tão-somente fossem enternecidos pelo Espírito de Deus! Se o olhar convergisse unicamente para a glória de Deus, que inundação de luz celestial seria derramada! Aquele que falou como jamais alguém havia falado foi um Educador sobre a Terra. Depois de Sua ressurreição Ele foi um Educador para os solitários e decepcionados discípulos que viajavam para Emaús e para os que se achavam reunidos no cenáculo. Ele revelou-lhes as Escrituras referentes a Si mesmo e fez saltar-lhes o coração com santa, nova e sagrada esperança e alegria. [...] OP 52 5 Nosso Redentor vive para fazer intercessão por nós e, se diariamente aprendermos na escola de Cristo, se estudarmos com coração manso e humilde as lições que Ele nos ensina, receberemos o Espírito de Jesus em tão grande medida que o eu se desprenderá de tudo o que fizermos ou dissermos. Os olhos estarão voltados apenas para a glória de Deus. Temos que fazer esforços determinados para atender a oração de Cristo para sermos um como Ele é um com o Pai. [...] OP 53 1 Artigos sobre a redenção -- As maravilhas da redenção são tratadas de forma muito superficial. Esses temas devem ser apresentados de maneira plena e contínua em nossos sermões e artigos. Nossos próprios corações devem ser agitados por essas verdades profundas e salvadoras. Há o perigo de que os sermões e os artigos do periódico sejam como a oferta de Caim, sem Cristo. OP 53 2 Batizados com o Espírito de Jesus, haverá amor, harmonia, mansidão, o esconder o eu em Jesus, e assim a sabedoria de Cristo nos será concedida e a compreensão será iluminada; as coisas obscuras se tornarão claras. As faculdades serão engrandecidas e santificadas. O Senhor pode levar aqueles que estão sendo preparados para a trasladação ao Céu para conhecimentos cada vez profundos e uma ampliação da visão da verdade. A razão pela qual o Senhor pode fazer tão pouco por aqueles que estão lidando com profundas verdades é que muitas dessas verdades não fazem parte de sua vida. Guardam-nas em meio à injustiça. Suas mãos não estão limpas e seu coração está manchado pelo pecado e se o Senhor operasse neles com o poder de Seu Espírito correspondente à magnitude da verdade que abriu ao seu entendimento, seria como se o Senhor estivesse aprovando seu pecado. OP 53 3 O que nosso povo deve ter entrelaçado a sua vida e caráter é o desenrolar do plano da redenção e conceitos mais elevados de Deus e de Sua santidade, representados em sua vida. Lavar as vestes do caráter no sangue do Cordeiro é uma obra à qual precisamos dedicar-nos com o coração, enquanto cada defeito de caráter é afastado. Assim estamos operando por nossa salvação com temor e tremor. O Senhor está operando em nós o querer e o efetuar segundo a Sua vontade. Devemos ter a Jesus habitando no coração, como uma constante fonte viva, então as torrentes que fluirão dessa nascente serão puras, suaves e celestiais. E um antegozo do Céu será proporcionado ao humilde coração. OP 53 4 Fechar as portas às divergências -- As verdades ligadas à segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu serão proclamadas e publicadas muito mais do que agora. Deve ser fechada toda porta que leve a pontos de divergência e debate entre os irmãos. Se o velho homem fosse extirpado de cada coração, então haveria mais segurança na discussão, mas o povo agora necessita de algo de outra natureza. Há muito pouco do amor de Cristo no coração daqueles que clamam crer na verdade. Enquanto todas as suas esperanças estão centradas em Jesus Cristo, enquanto Seu espírito permeia a vida, então haverá unidade, apesar das ideias que não sejam exatamente as mesmas em todos os pontos. OP 54 1 A Bíblia é ainda vagamente compreendida. O estudo profundo de uma vida toda acompanhado com oração a respeito de seus sagrados ensinos ainda deixará muito a ser esclarecido. A profunda atividade do Espírito de Deus é necessária para operar sobre o coração e moldar o caráter, para abrir a comunicação entre Deus e a pessoa, antes que as verdades eternas sejam expostas. O homem precisa ser preparado antes que Deus possa fazer grandes coisas por ele. O pouco conhecimento transmitido poderia ser cem vezes maior se a mente e o caráter fossem firmados pela santa iluminação do Espírito de Deus. De modo geral, pouca humilhação e submissão tem sido conferida à obra de buscar a verdade como a tesouros escondidos e se a verdade fosse ensinada tal como é em Jesus, haveria um poder cem vezes maior e um poder convertedor sobre os corações humanos; tudo, porém, está de tal forma enredado com o eu que a sabedoria que vem do alto não pode ser comunicada. -- Carta 37, 1887. ------------------------Capítulo 11 -- Conselhos aos escritores OP 55 1 A verdade presente em um estilo simples -- Nesta época em que as fábulas agradáveis andam flutuando no ambiente e atraindo as mentes, a verdade apresentada em estilo fácil, confirmada com poucas provas vigorosas, é melhor que buscar e fazer uma série avassaladora de demonstrações; pois então o ponto não fica tão claro em muitas mentes como antes de as objeções e evidências lhes serem apresentadas. Para muitos, as afirmações têm mais eficácia que as longas argumentações. Tomam muita coisa por certa. As provas não ajudam o caso na mente de pessoas assim. -- Testemunhos para a Igreja 3:36 (1872). OP 55 2 Em seus escritos, alguns precisam guardar-se constantemente para não obscurecer pontos que são evidentes, amontoando sobre eles muitos argumentos que não têm vivo interesse para o leitor. Se eles se detêm tediosamente sobre certos pontos, dando todo pormenor que lhes ocorre à mente, seu trabalho fica por assim dizer perdido. O interesse do leitor não será suficientemente profundo para seguir o assunto até ao fim. Os pontos mais essenciais da verdade podem ser tornados indistintos, ao se insistir em cada pequenino pormenor. Abrange-se muito terreno; mas a obra em que se emprega tanto labor não é calculada para realizar a maior soma de benefício, despertando o interesse geral. -- Testemunhos para a Igreja 3:35, 36 (1872). OP 55 3 Mais do que um parecer -- Seria de grande interesse o irmão D cultivar simplicidade e desenvoltura em seus escritos. Precisa evitar demorar-se em pontos que não sejam de importância vital; e mesmo as mais essenciais e evidentes verdades, as quais são claras e simples por si mesmas, podem ser revestidas com palavras que as tornarão indistintas e confusas. OP 55 4 O irmão D pode ser coerente em todos os aspectos da verdade presente e mesmo assim não estar qualificado em todo o sentido para dar, por escrito, as razões de nossa esperança aos franceses. Ele pode ajudar nessa obra, mas o assunto deve ser preparado por mais de uma ou duas pessoas, a fim de não levar a característica peculiar de alguém. A verdade que foi descoberta e estudada por muitas pessoas, e que no tempo indicado por Deus foi apresentada, elo após elo, em perfeita cadeia pelos sinceros pesquisadores da verdade, deve ser dada ao povo e adaptada para atender às necessidades de muitos. Concisão deve ser observada, de modo a interessar o leitor. Artigos longos e enfadonhos são prejudiciais à verdade que o escritor pretende apresentar. -- Testemunhos para a Igreja 2:671 (1871). OP 56 1 Artigos longos -- um autor -- Gostaria de pedir que mantivesse seus artigos na Watchman [conhecido anteriormente como The Southern Watchman, é publicado atualmente com o título These Times]. Os artigos do irmão _____ são muito extensos e, a menos que mude sua forma, ele acabará com a circulação do Watchman. Deveria haver artigos curtos e espirituais no Watchman. Escreverei novamente ao irmão _____. Não posso consentir em ter um homem apenas escrevendo tantos artigos tão longos. Irmão _____ , mudanças precisam ocorrer. Mas como ocorrerão? O que podemos fazer? Escreverei ao irmão _____ e verei se surtirá algum efeito. Farei meu melhor. Que o Senhor dê sabedoria e bom senso. É necessário maior espiritualidade nos artigos publicados no Watchman para que seja mantido o interesse pelo periódico. -- Carta 78, 1906. OP 56 2 Nossos ministros devem escrever -- Os ministros que estão envolvidos ativamente na obra da causa de Deus e que desenvolveram boa reputação entre nosso povo devem usar sua influência a fim de obter o máximo proveito. OP 56 3 Suas responsabilidades não cessam no púlpito. É dever de todo aquele que tem a habilidade de escrever, especialmente aqueles que ministram em assuntos sagrados, exercitarem seus talentos nessa direção. Deveriam sentir que é um ramo da sua obra conceder provas tangíveis de seu interesse na Review and Herald, através de artigos espirituais escritos para as colunas da revista. Esse periódico, que é a única pregação disponível a centenas de pessoas, não atingiu ainda todo o potencial que poderia ou deveria ter alcançado. Esta é uma oportunidade de falar a milhares de pessoas e todo aquele que prega através da Review deveria sentir a responsabilidade de ter algo a dizer. OP 56 4 Artigos medíocres -- Homens de pouca experiência e que exercem pouca influência publicam sermões comuns e superficiais. Alguns leem, enquanto outros não têm nenhum interesse por eles. Não há nada nas palavras, na disposição de ideias, que abra o caminho para o coração. Há aqueles que estão dispostos a ler cada sermão, ainda que sejam deficientes na apresentação de novas ideias ou de cativar o interesse. Quando esses indivíduos, com o passar do tempo, chegam a conhecer os homens cujos nomes aparecem como autores desses sermões, veem que não são tudo o que professam ser -- que possuem uma experiência deficiente. Perdem, assim, a confiança no periódico e quando leem outros sermões de homens que não conhecem, sentem desconfiança, porque foram enganados anteriormente e ainda que uma mensagem sólida esteja contida nos sermões, não a reconhecem como alimento e acabam perdendo boa parte dos úteis ensinamentos. [...] OP 57 1 Os cristãos não desprezarão o menor dos dons da igreja. Porém, alguns de nossos escritores que têm publicado seus sermões na Review não têm se dedicado a desenvolver seus talentos, mas os enterrado sem qualquer compromisso. Desempenham um trabalho ruim. O Mestre conhecia sua capacidade e não lhes deu mais do que poderiam fazer uso naquele tempo, portanto, não lhes requer nada além da capacidade que têm para aplicá-los e desenvolvê-los. Ninguém jamais deveria se lamentar por não poder glorificar a Deus com os talentos que não lhe foram concedidos. Aqueles que estão restritos a um único talento, se o utilizarem bem, Deus o aceitará de acordo com sua capacidade. [...] OP 57 2 Os líderes devem contribuir com artigos -- Esforços especiais devem ser feitos pelos ministros que têm a causa de Deus em seu coração, para contribuir com artigos mais espirituais e interessantes para as colunas da Review. Todos podem encontrar tempo para escrever, se assim desejarem e com o coração se envolverem na obra. Alguns são muito indolentes e apegados à comodidade. Gastarão horas falando de assuntos que não estão especialmente ligados com o avanço da obra de Deus. O tempo gasto dessa forma é perdido, e se tornam servos inúteis. Se o tempo fosse ocupado no estudo da Palavra de Deus, dedicadamente suprindo para si mesmos com o exame de suas preciosas páginas, preparando-se para serem ministros capazes, seu trabalho seria de muito maior proveito. Certamente teriam algo a escrever. Poderiam enviar artigos que instruiriam e encorajariam o povo de Deus. Estariam simplesmente cumprindo seu dever e dariam ao rebanho de Deus sua porção de alimento na ocasião certa. [...] OP 57 3 Uma mensagem sincera -- Quando se sentirem verdadeiramente nutridos pela Palavra de Deus, por causa da luz que dela receberam, apresentem-na a outros para que também possam ser alimentados. Sejam, porém, francos e sinceros. A melhor forma de atingir as pessoas é onde elas estão, não em palavras rebuscadas que atingem ao terceiro céu. As pessoas não estão lá, mas aqui, em um mundo de dor, pecado e corrupção, lutando contra as duras realidades da vida. OP 58 1 Cristo não veio para ser servido, mas para servir. Ele foi o nosso exemplo e Deus nos confiou uma parte na obra, para servir e atender as necessidades dos outros, de acordo com a capacidade que Ele nos deu. Ao utilizarmos nossa habilidade da melhor forma, ela aumentará. Aqueles que fazem tudo o que podem para cumprir sua parte naquilo que Deus lhes confiou, Ele os fortalecerá justamente quando forças forem necessárias. Em assim fazendo, damos a Deus espaço para trabalhar por nós; para nos ensinar, guiar e impressionar, tornando-nos canais pelos quais Sua luz pode ser comunicada a muitos que estão na escuridão. -- The Review and Herald, 5 de Janeiro de 1869. ------------------------Capítulo 12 -- Conselhos aos editores OP 59 1 "Eu te constituí por atalaia" -- Solene é a responsabilidade que repousa sobre nossas casas publicadoras. Os que administram essas instituições, os que dirigem os periódicos e preparam os livros, achando-se, como se acham, à luz dos propósitos divinos e chamados para dar a advertência ao mundo, são tidos por Deus como responsáveis pela salvação de seus semelhantes. A eles, bem como aos ministros da Palavra, aplica-se a mensagem dada por Deus ao Seu profeta da antiguidade: "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua impiedade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão". Ezequiel 33:7, 8. -- Testemunhos para a Igreja 7:140 (1902). OP 59 2 As coisas sagradas e as comuns -- A causa do Senhor precisa ser distinguida das atividades comuns da vida. Diz Ele: "Voltarei contra a Minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza. E te restituirei os teus juízes, como eram dantes; e os teus conselheiros, como antigamente; e então te chamarão cidade de justiça, cidade fiel. Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela com justiça". Isaías 1:25-27. Essas palavras estão repletas de importância. Contêm uma lição para todos quantos ocupam a função de editor. OP 59 3 As palavras de Moisés possuem significação profunda. "Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor. E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim, e serei glorificado diante de todo o povo". Levítico 10:1-3. Contém isso uma lição para todos quantos manuseiam o material que sai das nossas instituições publicadoras. Coisas sagradas não devem ser misturadas com as comuns. As revistas que têm tão vasta circulação devem conter instruções mais preciosas do que as que aparecem nas publicações comuns da época. "Que tem a palha com o trigo?" Jeremias 23:28. Queremos o trigo puro, perfeitamente joeirado. OP 60 1 "Assim o Senhor me disse com uma forte mão, e me ensinou que não andasse pelo caminho deste povo, dizendo: Não chameis conjuração, a tudo quanto este povo chama conjuração; e não temais o seu temor, nem tão pouco vos assombreis. Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso assombro. [...] Liga o testemunho, sela a lei entre os Meus discípulos. [...] À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva". Isaías 8:11-20. OP 60 2 Chamo a atenção de todos os nossos obreiros para o sexto capítulo de Isaías. Leiam a experiência do profeta de Deus, ao ver "o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e o Seu séquito enchia o templo. [...] Então disse eu: Ai de mim, que vou perecendo porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Mas um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz. E com ela tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim". Isaías 6:1-8. OP 60 3 Essa é a experiência de que necessitam todos quantos trabalham em todas as nossas instituições. Existe o perigo de deixarem de manter ligação vital com Deus, de não serem santificados pela verdade. Perdem, assim, o senso do poder da verdade, perdem a capacidade de discernimento entre o sagrado e o profano. OP 60 4 O sustento a seu tempo -- Meus irmãos que ocupam cargos de responsabilidade, que o Senhor não somente lhes unja os olhos para que vejam, mas verta em seu coração o santo óleo que, dos dois galhos de oliveira, flui pelos canos de ouro para o vaso de ouro que alimenta as lâmpadas do santuário. Possa Ele dar-lhes "em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da Sua vocação, [...] e qual a sobreexcelente grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos". Efésios 1:17-19. OP 60 5 Como o mordomo fiel, deem alimento adequado aos que pertencem à família de Deus. Apresentem ao povo a verdade. Trabalhem como se estivessem sendo observados por todo o universo celestial. Não temos tempo para perder -- nem um momento sequer. Acontecimentos importantes logo serão presenciados, e teremos de estar escondidos na fenda da rocha, para vermos Jesus e sermos vivificados pelo Seu Espírito Santo. -- Testemunhos para a Igreja 7:152-154 (1902). OP 61 1 Perigos do estudo especulativo -- A luz da verdade, que Deus designa que seja levada ao povo do mundo neste tempo, não é aquela que os homens letrados do mundo procuram comunicar, pois esses homens, em suas pesquisas muitas vezes chegam a conclusões erradas, e em seu estudo de muitos autores, tornam-se entusiasmados com teorias que são de origem satânica. Satanás, trajando as vestes de um anjo de luz, apresenta ao estudo da mente humana assuntos que parecem muito interessantes e são repletos de mistério científico. No estudo desses assuntos, os homens são levados a aceitar conclusões errôneas e a unir-se a espíritos sedutores na obra de propor novas teorias que afastam da verdade. OP 61 2 Existe o perigo de que os falsos sentimentos expressos nos livros que eles têm estado a ler sejam por vezes entretecidos por nossos missionários, professores e editores com os seus argumentos, sermões e publicações, sob a crença de que são os mesmos princípios ensinados pelo Espírito da verdade. O livro Living Temple [O Templo Vivo] é uma ilustração desse tipo de trabalho, cujo autor declarou em apoio ao mesmo, que seus ensinos eram os mesmos encontrados nos escritos da Sra. White. Repetidamente seremos chamados a enfrentar a influência de homens que estão estudando ciências de origem satânica, por meio das quais Satanás está atuando a fim de negar o caráter pessoal de Deus e Cristo. -- Testemunhos para a Igreja 9:67, 68 (1909). OP 61 3 Aos editores dos nossos periódicos -- Fui advertida de que, quanto menos nossos ministros tratarem do assunto do panteísmo, tanto menos ajudarão Satanás a apresentar suas teorias ao povo. Que a mensagem para este tempo seja sustentada diante deles. Nunca, jamais devemos repetir conceitos espiritualistas, estranhas e desencaminhadoras teorias, que por anos têm estado em moda. OP 61 4 O Senhor tem uma mensagem para nossos ministros levarem, mas Ele não os chama para falar de assuntos sobre os quais se tem demorado a mente de alguns. Aqueles que assim agem, lançam as sementes que germinarão e se desenvolverão para produzir fruto. Dessa forma as pessoas são educadas para captar os pensamentos de Satanás e dar-lhes publicidade. OP 61 5 Que a repetição das falsidades de Satanás seja mantida fora de nossas revistas. O que necessitamos em nossas revistas é a mensagem do Evangelho, que salvará almas. "Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus". Isaías 40:9. OP 61 6 Mantenhamos os olhos fixos no Senhor Jesus Cristo, e contemplando-O seremos transformados à Sua semelhança. Não falemos dessas teorias espiritualistas. Não tenham elas lugar em nossa mente. Que nossas revistas rejeitem tudo desse gênero. Publiquemos a verdade; não publiquemos o erro. Não tentemos explanar a respeito da personalidade de Deus. Não podemos dar alguma outra explicação além daquela que a Bíblia apresenta. Nada valem as teorias humanas a respeito dEle. Não corrompamos nossa mente estudando as enganosas teorias do inimigo. Trabalhemos para desviar as mentes de tudo que seja dessa espécie. Será melhor manter esses assuntos fora de nossas revistas. Sejam as doutrinas da verdade presente postas em nossas revistas, mas não demos espaço algum para a repetição de teorias errôneas. -- Carta 179, 1904. OP 62 1 Sem compromisso com a doutrina do sábado -- Pessoas do mundo tentarão induzir-nos a suavizar a mensagem, a suprimir um de seus mais distintos aspectos. Dirão: "Por que vocês dão tanta ênfase ao, sábado do sétimo dia em seus ensinos? Parece ser sempre uma barreira entre nós; poderíamos entrar em harmonia se não enfatizassem tanto esse ponto; mantenham a questão do sábado fora do Sentinel e daremos a ele o nosso apoio e a nossa influência". [Referência feita aqui ao The American Sentinel (1886-1901), uma publicação semanal voltada à propagação dos princípios da liberdade religiosa. Foi substituída de 1901-1904 pela publicação mensal Sentinel of Christian Liberty.] Tem havido uma disposição de parte de nossos obreiros para adotar essa postura. OP 62 2 Sou compelida a adverti-los de que estão envolvidos nessa questão pontos de vista enganosos, uma falsa modéstia, cautela exagerada e uma disposição para negar nossa fé. Durante a noite, foram apresentadas diante de mim questões que têm transtornado minha mente. Parecia que eu estava em reuniões em que esses assuntos eram discutidos, eram apresentados documentos escritos e eram defendidas várias concessões. Irmãos, permitiremos que o mundo molde a mensagem que Deus nos confiou para pregar? Seria como se o paciente prescrevesse os remédios que deveriam ser usados para sua cura. OP 62 3 Por causa da política, trairemos o sagrado dever? Se o mundo está em erro e ilusão, quebrando a lei de Deus, não é o nosso dever mostrar-lhes seu pecado e o perigo em que se encontram? Devemos proclamar a mensagem do terceiro anjo. OP 62 4 Qual o propósito do Sentinel, senão o de ser a voz do atalaia sobre os muros de Sião, para fazer soar o sinal do perigo. Não devemos adular o mundo nem pedir-lhe perdão por ter que dizer-lhe a verdade; devemos desprezar toda dissimulação. Levantemos nossa bandeira para pelejar pela causa dos homens e dos anjos. Fique bem claro que os adventistas do sétimo dia não devem fazer acordos. Em nossas opiniões e fé não deve haver a menor aparência de incertezas; o mundo tem o direito de saber justamente o que se pode esperar de nós, e seremos vistos como pessoas desonestas, como se escondêssemos nossos verdadeiros sentimentos e princípios até que a voz popular mostre o caminho seguro. O Consolador, o Espírito Santo, que Cristo prometeu enviar ao mundo, é que deve dar um testemunho firme e resoluto. -- Manuscrito 16, 1890. OP 63 1 Enfatizar características que nos distinguem -- A religião de Cristo está em perigo. Está se misturando com o mundo. O sistema político do mundo está tomando o lugar da verdadeira piedade e sabedoria que vêm do alto, e Deus removerá Sua mão protetora da Associação. A arca da aliança será removida do meio do povo de Deus? Serão introduzidos falsos ídolos? Falsos princípios e falsos ensinos serão trazidos ao santuário? O anticristo será honrado? As verdadeiras doutrinas e os princípios a nós confiados por Deus, que fizeram de nós o que somos, serão ignorados? O instrumento de Deus, a casa publicadora, será transformada em uma instituição meramente política e mundana? Esse é justamente o caminho pelo qual o inimigo está nos conduzindo, através de homens que se tornaram cegos e não consagrados. OP 63 2 Todas essas coisas chegaram até esse ponto sem que ninguém apresentasse claramente qualquer objeção. É chegado o tempo de o Senhor intervir em Sua obra. Há homens em posições de confiança que não possuem experiência na liderança da obra e deveriam andar em humildade e com cautela. Durante a noite, participei de várias reuniões e escutei palavras repetidas por homens influentes dizendo que se o American Sentinel retirasse o nome adventista do sétimo dia de suas páginas, e nada mencionasse sobre o sábado, os grandes homens do mundo iriam patrociná-lo; então iria se tornar popular e faria uma obra muito maior. A ideia parecia muito atraente. Esses homens não entendiam por que não poderíamos nos associar a descrentes e tornar o American Sentinel um grande sucesso. Vi seus semblantes brilharem e começaram a trabalhar numa estratégia para tornar o Sentinel um sucesso popular. OP 63 3 Essa estratégia é o primeiro passo de uma sucessão de passos errados. Os princípios que têm sido defendidos no American Sentinel representam a essência da argumentação a favor do sábado e quando homens passam a discutir a modificação desses princípios, realizam uma obra que não lhes compete. Como Uzá, estão tentando segurar a arca que pertence a Deus e que está sob a Sua supervisão. Assim disse o meu Guia aos que estavam nas reuniões: Qual dentre vocês tem levado a causa desde o princípio e tem aceitado a responsabilidade mesmo sob circunstâncias de grande prova? Quem tem levado o encargo da obra durante seus anos de existência? Quem tem praticado a abnegação e o sacrifício próprio? O Senhor preparou um lugar para os Seus leais servos, cujas vozes de alerta têm sido ouvidas. Ele tem levado a obra avante muito antes de qualquer um de vocês entrar para ela, portanto Ele pode e irá encontrar um lugar para a verdade que desejam suprimir. No American Sentinel tem sido publicada a verdade para este tempo. Cuidado com suas atitudes. "A menos que o Senhor edifique a casa, em vão trabalham os construtores". Salmos 127:1. -- Manuscrito 29, 1890. OP 64 1 Em relação ao movimento para a lei dominical -- Espero que a trombeta dê o sonido certo no tocante a esse movimento da lei dominical. Penso que seria melhor se, em nossas revistas, o assunto da perpetuidade da lei de Deus se tornasse uma especialidade. Não deveria ser publicado outro folheto ou periódico em substituição ao Sentinel? Não entendo que seja a melhor decisão tirar de circulação esse periódico. Ele tem sido uma voz a falar constantemente em defesa da liberdade religiosa. A verdade deveria ser apresentada em artigos curtos, em parágrafos claros, chamando especial atenção para o sábado do Senhor, mostrando que aqueles que fazem leis para compelir a observância do primeiro dia da semana, não são leais ao Senhor do Céu que depositou a Sua santidade sobre o sétimo dia. Estamos fazendo todo o possível para exaltar a lei de Jeová? OP 64 2 Devemos agora fazer tudo que for possível para derrotar essa lei dominical. A melhor maneira de vencê-la é exaltar a lei de Deus e apresentá-la em toda a sua santidade. Isso deve ser feito para a verdade triunfar. -- Carta 58, 1906. OP 64 3 Não exaltar seres humanos -- À noite falei fervorosamente aos que têm a responsabilidade de editores e colaboradores de nossos periódicos. [...] Se os que se acham na direção de nossos periódicos não têm melhor critério do que encher as publicações com exaltações de seres humanos, que busquem então a sabedoria de Deus. Sua visão espiritual necessita da unção espiritual. [...] Descarregando excesso de enaltecimento sobre alguém a quem não conhecem, que não tenha aceitado um "Assim diz o Senhor" na guarda de Seus mandamentos, colocam-se numa situação tal que, na crise que virá sobre nós, terão deficiente discernimento ao verem as boas coisas feitas por aqueles que procurarão enganar, que pretenderão ser de Cristo e profetas enviados de Deus. OP 64 4 Cristo afirma com relação a esse tempo "que, se possível fora, enganariam até os escolhidos". Mateus 24:24. Uma vez mais é feita a pergunta, "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na Terra?" Lucas 18:8. Aqueles que usam a pena e a voz para exaltar e enaltecer seres humanos necessitam de um discernimento mais apurado. Seria muito melhor se essa confiança e fé fossem exercitadas por aqueles que estão lutando com a pena e a voz para fazer a vontade de Deus como filhos obedientes, guardando os Seus mandamentos, não para louvar ou glorificar indivíduos, mas para obedecer a Palavra de Deus, para amá-los como irmãos, para desarraigar toda fibra da raiz da amargura ou crueldade que possam estar deixando brotar. [...] OP 65 1 Sei como o Senhor olha para publicações como essas, daqueles que supõem estar trabalhando em justiça, que não parecem estar nem de um lado, nem do outro. A mensagem que me foi dada para lhes transmitir é: Vocês estão em trevas, não sabem a quem estão honrando. Deus não pode sustentar uma obra que não leva o Seu selo, porque está levando outros por um caminho que não possui a assinatura do Céu. OP 65 2 Cada frase é importante -- Este é o tempo em que cada frase que é escrita deveria mostrar algo positivo, deveria ser verdadeira, genuína. Nenhuma palavra deveria ser escrita para dar um aspecto popular ou para defender algo que Deus condena. Aqueles que trilham esse caminho possuem um zelo, um desejo ardente de se colocar em evidência, mas não aprenderam as lições aos pés de Jesus. O eu está em meio a tudo o que dizem ou fazem. Almejam tornar-se uma arma contra seus irmãos que estão fazendo a obra que Deus lhes ordenou e em sua ignorância creem que estão a serviço de Deus. OP 65 3 Sou comissionada agora a dizer a nossos irmãos: Humilhem-se e confessem seus pecados, ou o Senhor os subjugará. A mensagem à igreja de Laodiceia é dirigida justamente àqueles que não a aplicam a si mesmos. Não são frios nem quentes, mas mornos. Diz o Senhor, "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente: Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso se coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas". Apocalipse 3:15-18. OP 65 4 Haverá alguém dentre nós que deixará aparecer a vergonha de sua nudez no uso das habilidades para falar e escrever, as quais foram dadas por Deus? Não consideraremos que a justiça de Cristo em Sua perfeita obediência aos mandamentos do Pai foi a causa de Sua crucifixão? Pela obediência perfeita à lei de Jeová devemos nós exaltar e honrar a lei. Que significado têm essas palavras quando colocadas diante do povo de Deus, que, contra grandes obstáculos, está tentando lutar o bom combate da fé, dizendo: "Não dobraremos nossos joelhos a Baal, nem glorificaremos ou honraremos a qualquer um que o adore"? OP 66 1 A bênção divina é pronunciada sobre aqueles que guardam os mandamentos e uma maldição Ele declara contra aqueles que transgridem Sua lei. A pena ou a voz se inclinarão oferecendo louros àqueles que lideram sob a bandeira de Satanás, declarando que a instituição do papado deve receber a honra? As faculdades dadas por Deus para a glória do Seu nome têm sido mal utilizadas, têm sido usadas para trazer sentimentos de rebelião. Seres humanos exaltando e adorando agentes humanos que se envolveram na obra em oposição direta à que Deus confiou a Seu povo para realizar nestes últimos dias é contrário ao Seu propósito. Por que estamos diante de tanta cegueira? O mínimo que poderia ser feito é mostrar sua eloquência diante do universo, diante dos mundos não caídos e do mundo caído ao manterem-se em silêncio. [...] OP 66 2 Questões vitais para o tempo presente -- Tenham nossos professores e alunos muito mais para ensinar e escrever quanto às coisas que estão para se cumprir e que se relacionam à felicidade eterna das pessoas. Com a pena e a voz devemos distribuir alimento na estação própria a idosos e jovens, a santos e pecadores. Tudo quanto pode ser dito para despertar da sua sonolência, seja apresentado sem demora. Não haja tempo perdido no trato das coisas que não são essenciais, que não têm relação alguma com as necessidades presentes do povo. Leiamos os três primeiros versículos de Apocalipse, e veremos a tarefa imposta aos que pretendem crer na Palavra de Deus. [...] OP 66 3 Uma mensagem separada -- Prezados irmãos, nossos periódicos mais recentes revelam cegueira de discernimento espiritual. Quando os olhos forem iluminados com a visão espiritual, então veremos tudo claramente. As coisas que atraem a atenção aos sentidos perderam seu valor, porque serão abertos diante dos homens valores eternos. Como Deus fez conhecida Sua vontade aos cativos hebreus, aos que estavam mais separados dos costumes e práticas de um mundo que jazia em impiedade, assim o Senhor comunicará luz do Céu a todos os que apreciam um "assim diz o Senhor". A esses Ele expressará o Seu pensar. Os que menos estão presos a ideias mundanas são os mais separados da ostentação, vaidade, orgulho e amor da promoção, e que se apresentam como Seu povo peculiar, zeloso de boas obras -- a esses revelará Ele o sentido de Sua palavra. A primeira demonstração do poder de Deus diante dos cativos hebreus foi mostrar a sabedoria deficiente dos grandes homens da Terra. A sabedoria do homem é loucura para Deus. Os magos revelaram seu desconhecimento da luz antes que o Senhor revelasse a supremacia de Sua sabedoria. A sabedoria dos agentes humanos que utilizaram mal os talentos dados pelo Senhor, Deus mesmo lhes mostrou como sendo loucura. OP 67 1 "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que castigarei a todos os circuncidados juntamente com os incircuncisos". Jeremias 9:23-25. OP 67 2 Todos aqueles que se unirem em honrar e enaltecer os que ergueram a bandeira de Satanás estão lutando contra Deus. Nossa obra para este tempo é iluminar o mundo, em vez de levar uma mensagem de paz e segurança. Uma bandeira foi colocada em nossas mãos, sobre a qual está escrito: "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus". Apocalipse 14:12. Essa é uma mensagem distinta, separada -- mensagem que não deve dar sonido incerto. Deverá ela guiar, desviar um povo das cisternas rotas que não contêm água, para a infalível Fonte da água da vida. -- Carta 60, 1898. OP 67 3 Os hábitos de saúde do editor -- É essencial a estrita temperança no comer e beber, tanto para a conservação da saúde como para o vigoroso funcionamento de todo o organismo. Hábitos de estrita temperança, aliados com o exercício muscular e mental preservarão o vigor físico e mental, e comunicarão poder de resistência aos que se empenham no ministério, aos editores e a todos cujos hábitos são sedentários. Com toda a nossa profissão de reforma de saúde, nós, como um povo, comemos muito. A condescendência com o apetite é a maior causa da debilidade física e mental, e está na base da fraqueza que se nota por toda parte. -- Testemunhos para a Igreja 3:487 (1875). OP 67 4 A importância do exercício -- Existem homens e mulheres de excelentes aptidões naturais, que não realizam metade do que poderiam efetuar se exercessem domínio sobre si mesmos quanto a negar-se ao apetite. Muitos escritores e oradores falham nesse ponto. Depois de comer à vontade, entregam-se a ocupações sedentárias, lendo, estudando ou escrevendo, não se dando nenhum tempo para exercício físico. Em consequência, é dificultado o livre fluxo dos pensamentos e das palavras. Não podem escrever nem falar com a intensidade e o vigor necessários para atingir o coração; seus esforços são fracos e infrutíferos. OP 68 1 Aqueles que desempenham importantes responsabilidades, e sobretudo os que são guardas dos interesses espirituais, devem ser homens de viva sensibilidade e rápida percepção. Mais que os outros, devem eles ser temperantes no comer. Alimentos muito condimentados e sofisticados não deveriam ter lugar em sua mesa. -- A Ciência do Bom Viver, 308, 309 (1905). OP 68 2 Alimento simples e exercícios -- Eis uma sugestão para todos quantos têm trabalho sedentário ou especialmente mental; experimentem-no os que tiverem suficiente força moral e domínio próprio: Comam em cada refeição apenas duas ou três espécies de alimento simples, não ingerindo mais do que o necessário para satisfazer a fome. Façam exercício ativo todos os dias, e vejam se não experimentarão benefícios. -- A Ciência do Bom Viver, 310 (1905). ------------------------Capítulo 13 -- A revista denominacional OP 69 1 Todo artigo deve refletir a luz -- Fui instruída a dizer àqueles que são editores de nossos periódicos denominacionais, que devem publicar toda matéria possível que esteja relacionada com a confirmação das verdades bíblicas. Têm que dar à trombeta o sonido certo. Tudo o que for publicado na Review and Herald deve refletir a luz em meio à escuridão moral que envolve o mundo. Cada página deve estar repleta das preciosas verdades. OP 69 2 Nenhum de nossos irmãos faça uso do precioso espaço de nossa literatura denominacional para contar incidentes ligados à vida do Presidente _____, ou da sua filha, ou de qualquer membro de sua família. Esses assuntos não serão luz para guiar ninguém pelo caminho da verdade. OP 69 3 Alguns artigos, mesmo aqueles que tratam de temas bíblicos, devem ser mais resumidos. -- Manuscrito 106, 1905. OP 69 4 Questões controversas não devem aparecer -- Fui instruída a dizer-lhes que, neste tempo, não devem ser levantadas questões na Review que poderão confundir a mente do povo. Devemos trabalhar em favor das pessoas. Como povo, devemos humilhar-nos diante do Senhor e buscá-Lo a fim de obter a verdadeira conversão. Há uma obra a ser realizada em nosso coração e em nossos lares, porém, há poucos que a compreendem. Há necessidade de muita oração, não orações longas, mas orações de fé oferecidas com o coração humilde. OP 69 5 Não temos tempo para entrar em discussões desnecessárias, mas devemos considerar com todo o coração a necessidade de buscar ao Senhor pela verdadeira conversão do coração e da vida. Devem ser realizados esforços determinados para assegurar a santificação da alma e da mente. Há uma profunda obra a ser feita em cada igreja e em cada família. Os pais possuem uma obra solene a fazer, que é a de levar seus filhos à compreensão da necessidade de buscar ao Senhor para serem salvos do pecado. -- Carta 226, 1908. OP 69 6 Tipos de artigos que são necessários -- Temo que nossos irmãos que estão no ministério não estejam realizando a obra demandada pelo tempo presente. Há um esforço especial em torno da edição promocional da Review para apresentar a nossa fé de forma sucinta aos leitores. Cada edição do periódico, enviada a tantas pessoas, deveria representar corretamente nossa fé. São necessários artigos que apresentem diante dos leitores uma visão abrangente da nossa crença. Os diferentes pontos da nossa fé devem ser claramente identificados. OP 70 1 A publicação dessa edição promocional é um empreendimento importante. Deve ser aproveitada ao máximo a oportunidade para despertar na mente dos leitores da Review o interesse pelas verdades fundamentais e sagradas. Uma boa quantidade de exemplares já saiu. Não há muitos mais para serem publicados. Logo a oportunidade áurea de apresentar as solenes verdades no tempo certo terá passado. Essa oportunidade deve ser aproveitada ao máximo. Devem ser publicados artigos que vão direto ao ponto, definindo nossa posição de maneira clara e correta. Os leitores estão sendo impressionados, de forma favorável ou não. Quão ansiosos deveriam estar todos para enviar à Review artigos interessantes e adequados. [...] OP 70 2 Muitos artigos comuns -- É doloroso ver alguns artigos publicados na Review que retratam temas comuns, que podem ser encontrados em praticamente qualquer periódico religioso. O irmão _____ faz o que pode, e ele não deveria ser tão cobrado. Deus está cooperando com ele. O que precisa é da cooperação de seus irmãos. Ele está desempenhando responsabilidades que os demais não assumem. OP 70 3 São necessários artigos escritos por nossos irmãos mais experientes, -- os melhores artigos que possam produzir. Se forem enviados artigos assim para ser publicados, haverá menos espaço para os assuntos comuns, que nada ensinam sobre a nossa fé. Alguns de nossos irmãos do ministério realizam o trabalho por dois, mas não estão agindo direto ao ponto. Artigos profundos, que demandam estudo e que exigem tempo considerável para serem preparados, chegarão tarde demais para as necessidades presentes. OP 70 4 Trabalhar, como Cristo -- Muito poderemos fazer dentro de pouco tempo, caso trabalhemos como Cristo. Podemos refletir com proveito em Sua maneira de ensinar. Ele ia ao encontro dos pensamentos do povo comum. Seu estilo era claro, simples, compreensivo. Tirava Suas ilustrações das cenas com que os ouvintes estavam mais familiarizados. Pelas coisas da natureza ilustrava as verdades de importância eterna, ligando assim o Céu e a Terra. OP 70 5 Se tivéssemos firme fé em Deus, se nos apropriássemos de Suas promessas, unindo a fé a nossas orações e esforços, certamente veríamos a salvação em Deus. "Tudo é possível ao que crê". Marcos 9:23. OP 71 1 Na obra para este tempo, não é tanto de dinheiro, talento, saber ou eloquência que necessitamos, mas de fé adornada de humildade. Oposição alguma pode predominar contra a verdade apresentada com fé e humildade, por obreiros que suportam voluntariamente labuta e sacrifício e vitupério por amor do Mestre. Precisamos ser coobreiros de Cristo se quisermos ver coroados de êxito os nossos esforços. Importa chorar como Ele chorou por aqueles que não choram por si mesmos, e interceder como Ele intercedia pelos que por si não intercedem. -- Manuscrito 24, 1903. OP 71 2 Artigos vibrantes e ardorosos -- A Review é a revista de nossa igreja, e nela devem ser postas força e vitalidade. Necessita-se de todo o talento aguçado que os auxiliares mais jovens possam dar. Os colaboradores devem entender a necessidade de escreverem artigos vibrantes e ardorosos. -- Carta 54, 1902. OP 71 3 Artigos sobre casamento -- Sua carta de 1° de Junho foi lida hoje. Chegou para mim ao meio-dia. Fiquei feliz com as palavras que escreveu. Sei que todas representam a verdade. No entanto, seria bom que se falasse mais a respeito do casamento em nossas publicações. Penso que seu artigo é excelente para a Review. Tentarei preparar alguns pequenos artigos para a Review sobre esse tema, além do artigo que envio a cada semana. Embora não tenha publicado muitos artigos sobre o tema, já tenho bastante material escrito. -- Carta 110, 1902. OP 71 4 Defender o direito -- O editor local da Review and Herald terá ocasião de falar com seriedade e firmeza. Ele deve colocar-se em defesa do direito, exercendo toda a influência que sua posição lhe concede. -- Testemunhos para a Igreja 4:456. OP 71 5 Bom alimento para o rebanho -- Encontrei, sob minha porta, a última edição da Review and Herald, e a li durante algum tempo. Acha-se repleta de bom alimento para o rebanho de Deus. A verdade clara, a verdade positiva é apresentada exatamente como deve ser. As experiências de obreiros nos campos missionários, que ela relata, são muito interessantes. OP 71 6 Nestes últimos dias, aquele que fora outrora um exaltado anjo nas cortes celestiais está para manter sob seu preparo a filosofia dos homens. Deve o povo de Deus guardar-se cuidadosamente contra a influência sedutora do enganador. Devem apegar-se firmemente às verdades que os chamaram do mundo, e os conduziram a permanecer como o denominado povo de Deus. OP 72 1 Fico triste ao pensar quantos se colocam abaixo da norma bíblica. Se soubéssemos que, exatamente daqui a um ano, o Senhor viria nas nuvens do Céu com poder e grande glória, que sentimento de solenidade repousaria sobre nós! Quão ardorosamente nos empenharíamos em nos prepararmos para a Sua vinda, para que, vestidos com o traje nupcial, pudéssemos entrar nas bodas do Cordeiro. -- Manuscrito 12, 1904. ------------------------Capítulo 14 -- Revistas missionárias OP 73 1 O valor de uma revista missionária -- A Signs of the Times é nossa revista missionária. Está realizando seu trabalho em toda a parte, abrindo o caminho para que a verdade possa ser apresentada mais plenamente. Essa revista tem-se tornado uma bênção para muitíssimas pessoas. Todos devem sentir o mais profundo interesse em torná-la o mensageiro espiritual, cheio de vida e de verdade facilmente compreensível e prática. No mundo cristão, há muitos famintos do pão da vida. A Signs of the Times, carregada de rico alimento, é um banquete para muitos dos que não pertencem à nossa fé. OP 73 2 Essa revista não deve conter artigos muito extensos, mas a verdade deve ser preparada com muito cuidado e tornada a mais atrativa possível. Artigos que fazem contundentes ataques a outras igrejas não devem ter lugar nessa revista, pois criam preconceito. A verdade deve ser apresentada em sua simplicidade, na mansidão da sabedoria, tendo uma influência para persuadir. O assunto deve ser da melhor escolha; a linguagem deve ser correta, enobrecedora, cada palavra respirando o espírito de Cristo. As partes argumentativa e prática combinadas farão uma revista que irradia luz para ir, como lâmpada que arde, como um mensageiro que de fato procede do Céu. OP 73 3 Deve despertar o maior interesse -- Nem todos os nossos irmãos veem ou percebem a importância desse periódico; caso percebessem sua real importância, sentiriam um desejo pessoal mais intenso de torná-lo interessante e promoveriam sua circulação de todas as formas. Todos aqueles que participam da preparação de artigos para esse folheto pioneiro estão envolvidos em uma obra sagrada e deveriam estar ligados a Deus; deveriam ter pureza de coração e de vida. Deus pode operar por meio deles e lhes dar sabedoria para que se tornem inteligentes no conhecimento da verdade. Deus vê a motivação de cada obreiro e dará a sua graça em rica medida de acordo com o espírito em que a obra é realizada. O pregador silencioso, enriquecido com material precioso, deve avançar sobre as asas da oração, unido à fé, para que possa realizar a obra de disseminar a luz da verdade sobre os que se encontram nas trevas do erro. OP 73 4 Há convites de todas as partes, não apenas de irmãos de nossa fé, mas daqueles que têm se interessado através da leitura de nossas publicações; pedem eles: envie-nos um ministro para pregar a verdade. Portanto, há uma grande necessidade de obreiros. Temos que responder: não temos ninguém para enviar. Muitos são obrigados a se contentar com o pregador silencioso até que o Senhor envie o mensageiro vivo. Todos os nossos irmãos devem considerar isso de coração e, através de seus esforços pessoais e com fé e esperança contribuírem com a Signs of the Times; ao enviarem artigos que sejam vivos, que falem através da palavra escrita com a unção divina, pregando a milhares. Não se procuram artigos áridos e extensos. A grande falta de homens que saiam de um lugar para outro pregando a Palavra pode ser em parte suprida através de folhetos e periódicos, e por meio de correspondência bem direcionada. OP 74 1 Muitas pessoas espalhadas em todo o país que raramente têm a presença de um pregador vivo poderiam tornar suas reuniões mais atrativas e proveitosas escolhendo um bom leitor para ler os sermões publicados em nossos livros e periódicos. Há muitas opções para escolher, tanto doutrinários quanto práticos. É possível formar uma escola bíblica e procurar juntos os versos bíblicos, com o auxílio de nossas publicações, aprendendo assim a verdade presente. Podem apresentar as razões da nossa fé àqueles que lhe pedirem. Cada um deve tirar o melhor proveito das oportunidades que lhe são dadas para se tornar hábil no conhecimento das Escrituras. -- The Signs of the Times, 2 de Janeiro de 1879. OP 74 2 Alimento ao tempo devido -- Permitam-me expressar meu pensamento, não de mim mesma, mas a Palavra do Senhor. Estou preocupada com a Signs of the Times. Há muitos jornais e revistas que publicam muitas coisas que são colocadas na Signs. O nome desse periódico foi escolhido por expressar o caráter dos assuntos que são apresentados em suas páginas. Não deve haver artigos longos que não façam referência aos sinais da breve volta do Filho do homem nas nuvens do céu com poder e grande glória. Penso que se o editor desse periódico pudesse ver a necessidade de ser um mordomo fiel, daria o alimento ao tempo devido para o rebanho de Deus. Há muitos assuntos comuns e não há o suficiente do que é sagrado; há muita dependência de ilustrações e outras coisas que não estão ligadas a questões essenciais para este tempo. É perigoso seguir o caminho de Nadabe e Abiú, usando o comum em lugar do fogo sagrado. Em relação às muitas matérias que são apresentadas, outros periódicos podem dar toda a informação que é essencial para qualquer um. Mas o nome Signs of the Times significa que nesse periódico serão encontrados temas que dão o devido sonido à trombeta. Haja menos ilustrações e mais alimento real, sólido e espiritual. [...] OP 75 1 Vigiar a revista -- A verdade presente. É preciso vigiar a revista para que nela não sejam introduzidos artigos não apropriados para este tempo. Deus os ajude, caros companheiros de trabalho, a atuar como se estivessem sendo observados por todo o Universo celestial. Em breve terão de ser enfrentadas importantes questões, e almejamos ser ocultados na fenda da rocha, para que possamos ver a Jesus e ser avivados pelo Seu Santo Espírito. Não temos tempo a perder: nem um momento. OP 75 2 "Ouvi vós, os que estais longe, o que tenho feito; e vós, os que estais perto, reconhecei o Meu poder. Os pecadores em Sião se assombram, o tremor se apodera dos ímpios; e eles perguntam: Quem dentre nós habitará com o fogo devorador? Quem dentre nós habitará com chamas eternas? O que anda em justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de opressão; o que, com um gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal, este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o rei na sua formosura, verão a terra que se estende até longe". Isaías 33:13-17. OP 75 3 Por estarem constantemente lidando com matérias de revistas, muitos parecem perder sua diferenciação. Que o Senhor não somente lhes unja os olhos para que vejam, mas verta em seu coração o santo óleo que, dos dois galhos de oliveira, flui pelos canos de ouro para o vaso de ouro que alimenta as lâmpadas do santuário. "Então, respondeu o anjo [...] e me disse: Não sabes tu o que isto é? E eu disse: Não, senhor meu. Então, ele disse: São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a Terra". Zacarias 4:5, 14. A menos que estejamos totalmente atentos, não seremos capazes de discernir as coisas espirituais. Perdemos a compreensão do poder da verdade, e tratamos as coisas sagradas como tratamos as comuns. O resultado é debilidade e incerteza, e não somos seguros conselheiros ou guias. Despertemos, irmãos. Por amor de Cristo, despertemos. -- Carta 89, 1899. OP 75 4 The Watchman [O Atalaia] -- The Southern Watchman é um periódico excelente, e uma forma de ajudá-lo é adquirindo uma assinatura. Rogo aos membros de nossas igrejas que levem o periódico e também peçam que outros levem consigo. Ele contém em suas páginas exatamente o que é necessário para aqueles que não são de nossa fé. Apresentem o periódico a seus amigos e vizinhos. Muitos farão a assinatura se puderem conhecê-lo. Será para eles o mensageiro do evangelho. possivelmente haja até crianças dispostas a buscar assinantes para o Watchman. -- Manuscrito 138, 1903. OP 76 1 Artigos curtos -- Que os que colaboram na Watchman façam o melhor que possam. E que os editores da Review, da Signs, e da Watchman se lembrem de que artigos extensos prejudicam as revistas. Que os artigos sejam curtos, e repletos de orvalho e alimento. Relatos vivos do favor divino visto em campanhas missionárias são de grande valor. -- Carta 351, 1904. ------------------------Capítulo 15 -- Revistas educativas OP 77 1 Exaltem o grande Mestre -- Os editores do Christian Educator [A primeira revista sobre educação, publicada em Battle Creek, Michigan, de Julho de 1897 até o verão de 1899.] deveriam considerar cuidadosamente os assuntos que serão colocados diante dos leitores. Por que o Christian Educator tem apresentado aos seus inúmeros leitores as imagens e as obras de homens? A exaltação desses homens supostamente instruídos, no Educator e no Instructor [referência ao Youth's Instructor], não refletem a glória de Deus. É o propósito de nossos periódicos recomendar homens, métodos e livros? Em caso positivo, o que têm a ver com a educação cristã? O assunto que deveria ser mantido diante do povo não é a vida e as conquistas de homens envolvidos na obra educacional, mas é a educação que vem do maior Mestre que o mundo já conheceu e que é encontrada na Palavra de Deus. OP 77 2 Com essa instrução diante de nós, tão diferente do ensino das escolas populares de hoje, não temos necessidade de exaltar os nomes de educadores que não são conhecedores ou obedientes à Palavra do Deus vivo. Esses homens talvez até suponham ensinar os princípios do cristianismo, porém possuímos inquestionáveis evidências de que ensinam a doutrina dos mandamentos de homens. O Senhor não nos ordenou apresentar em nossos periódicos as imagens e a história desses homens. OP 77 3 As verdadeiras autoridades -- A verdadeira educação superior é obscuramente compreendida por aqueles que estão encarregados do Christian Educator. Não vejo a menor luz quanto a pedir dinheiro para manter esse periódico. Temos autoridades maiores a seguir. Há Alguém que escreveu excelentes coisas sobre os princípios que fundamentam a educação. Diz o apóstolo Pedro: "Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da Sua majestade, pois Ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa Lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo. Ora, esta voz, vinda do Céu, nós a ouvimos quando estávamos com Ele no monte santo. Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo". 2 Pedro 1:16-21. OP 78 1 Sinais que apontam o caminho errado -- O Senhor chamou um povo entre os homens e lhes confiou grande luz e conhecimento com relação a Sua Palavra. Em Êxodo 31:12-18, declarou a relação que desejava manter com eles. Deus não os autorizou a exaltar homens e direcionar a mente dos estudantes àqueles que evidentemente não carregam a assinatura que Ele colocou sobre o Seu povo escolhido. "Certamente, guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica". Êxodo 31:13. Aqueles que se negam a permanecer como povo escolhido de Deus, santificado através da obediência à Sua Palavra, são como sinais apontando a direção errada. Assim também são aqueles que incentivam a juventude a estudar como modelo os chamados sábios, que não foram sábios o suficiente para conhecer a Deus e obedecer Seus mandamentos. OP 78 2 Os editores do Educator e do Instructor desviam as mentes de Deus para os homens e incentivam o estudo de livros escritos por homens que não têm sido leais ao Deus do Céu. O Senhor não se agradará de qualquer desvio por parte daqueles a quem fez depositários da sagrada verdade, que invoquem os deuses de Ecrom. Que Deus seja honrado e o Seu nome glorificado em todos os nossos periódicos. Não sejam eles voltados à publicação de ideias de educação defendidas por homens sábios do mundo. Nossa obra é educar aqueles que levarão a luz da verdade aos homens, procurando preparar um povo para a segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu. OP 78 3 Ao invés da constante referência aos autores em nossos periódicos, e da publicação da vida de homens e o que fizeram ou estão fazendo, que uma decidida mensagem ao mundo seja proclamada pelos textos dos homens cujos escritos revelem que estão sob a influência do Espírito Santo, que entendem e aceitam a admoestação de Paulo a Timóteo: "Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste". 2 Timóteo 3:14. Aqueles que trabalham sob a direção do Espírito Santo manterão as forças educacionais voltadas Àquele que é sábio demais para errar e bom demais para cometer injustiça. OP 79 1 Não exaltar ideias de homens -- Ideias de homens com relação à educação não devem ser exaltadas. Alturas maiores do que essas devem ser mantidas diante do povo de Deus. O Senhor está aguardando para derramar Seu Espírito sobre os que têm fome e sede de justiça. A inclinação manifestada por aqueles que se dizem educadores, de exaltar homens instruídos, é loucura diante dos olhos de Deus. O apóstolo Paulo declara; "A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus". 1 Coríntios 1:18-29. OP 79 2 De novo o Senhor diz: "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor". Jeremias 9:23, 24. OP 79 3 Desonrando o Criador -- Por que o Senhor fala tão distintamente com respeito a esse assunto? Porque vários homens que são enaltecidos diante do povo são desleais a Deus e da mesma forma aqueles que os enaltecem também desonram seu Criador. Os homens que utilizam seu tempo e talentos nessa obra, conquanto considerem estar trabalhando na causa de Deus, demonstram que precisam aprender mais do grande Mestre, porque como educadores precisam levar o Espírito do Senhor da educação. Não fazem diferença entre os circuncisos e os incircuncisos, mas colocam todos no mesmo nível. Se suas faculdades de percepção não forem santificadas e aguçadas, entre aqueles que devem distinguir o sagrado do comum, prosseguirão colocando homens no lugar devido a Deus. Ao falharem em fazer a distinção entre a obediência e a desobediência, darão à trombeta um sonido incerto, deixando os homens despreparados para a batalha do grande dia de Deus. OP 80 1 O Senhor faz separação entre o obediente e o desobediente. "Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo caminho em que deves andar. Ah! Se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos! Então, seria a tua paz como um rio, e a tua justiça, como as ondas do mar". Isaías 48:17, 18. "Mas vós sois dEle, em Cristo Jesus, o qual Se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor". 1 Coríntios 1:30, 31. OP 80 2 Quão importante é que homens de quem os estudantes buscam a instrução sejam diligentes pesquisadores da Bíblia, para que possam conhecer o caminho, a verdade e a vida. No sexto capítulo do livro de João, há instruções de grande importância para aqueles que serão professores. Esse capítulo deve ser cuidadosamente estudado por nossos professores, para que possam dar alimento aos seus alunos na devida estação. "Está escrito nos profetas", disse Cristo. "Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a Mim. Não que alguém tenha visto o Pai, salvo aquele que vem de Deus; este O tem visto. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do Céu, para que todo o que dele comer não pereça. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne. [...] OP 80 3 "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Pois a Minha carne é verdadeira comida, e o Meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue permanece em Mim, e Eu, nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai, também quem de Mim se alimenta por Mim viverá. Este é o pão que desceu do Céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente. [...] O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida". João 6:45-51, 53-38, 63. OP 81 1 Se essas palavras fossem estudadas e claramente compreendidas, trariam alegria e luz, mas há aqueles que jamais verão sua beleza e importância. Disse Jesus: "As palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida". João 6:63. A perfeita excelência é encontrada somente na Palavra do Deus vivo. Os educadores da juventude podem livremente se alimentar dessa fonte com segurança, mas devem saber que é perigoso alimentar-se em outros livros, ainda que haja neles muitas coisas excelentes. OP 81 2 Distinguidos do mundo -- Os editores de todos os nossos periódicos devem atrair a atenção de seus leitores para o Livro dos livros, assim como para os livros e periódicos que apresentam a Palavra de Deus em sua plenitude. Enquanto o Espírito Santo controlar os autores de nossas publicações, mais da Palavra de Deus será apresentada e menos das ideias de homens. Quando nossos editores se assentarem aos pés de Jesus e aprenderem dEle que é infinito em sabedoria, compreenderão pela viva experiência espiritual que devem comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Todos os que ensinam a Palavra devem obter essa experiência. OP 81 3 Para aqueles que fazem da Palavra de Deus o livro de estudo, alguns dirão: vocês possuem ideias muito limitadas. Ficaram tão separados do mundo que não podem exercer mais nenhuma influência para o bem. Mas isso é um erro. O que segue o mal não pode perceber, mas Deus quer um povo Seu, distinto do mundo em todas as coisas, ou se tornarão confusos, como ficaram os discípulos que voltaram atrás e não mais seguiram a Cristo. OP 81 4 Cristo não quer que homens glorifiquem a homens. Ele não pede que homens louvem a beleza de Suas feições. Não é Seu intuito que a atenção dos homens esteja centralizada em Sua beleza de forma ou aparência. Seu plano é levar a atenção dos homens a Sua virtude de caráter, Sua perfeita obediência, para que pela contemplação Seu povo possa ser transformado à mesma gloriosa imagem e representar ao mundo a Sua bondade, misericórdia e amor. -- Carta 85, 1899. ------------------------Capítulo 16 -- Revistas de saúde OP 82 1 São necessários nossos livros e revistas de saúde -- As pessoas encontram-se em extrema necessidade da luz que brilha das páginas de nossos livros e revistas sobre saúde. Deus deseja usar esses livros e revistas como meios através dos quais raios de luz atraiam a atenção das pessoas e as leve a atender à advertência da mensagem do terceiro anjo. As revistas de saúde são instrumentos para realizar no campo uma obra especial na disseminação da luz que os habitantes do mundo devem possuir neste dia de preparo de Deus. Exercem elas uma indizível influência no interesse da reforma de saúde, da temperança e pureza social, e realizam um grande benefício ao apresentarem às pessoas esses assuntos de maneira apropriada e no seu verdadeiro sentido. -- Testemunhos para a Igreja 7:136. OP 82 2 Importância de nossa literatura de saúde -- Publicações quanto à reforma de saúde chegarão a muitos que não verão nem lerão qualquer coisa acerca de importantes assuntos bíblicos. A satisfação de todo apetite pervertido está fazendo sua obra mortífera. A intemperança precisa ser enfrentada. Com esforço unido, inteligente, devemos dar a conhecer os males que resultam de obscurecer com vinho e bebidas fortes as faculdades que Deus concedeu. A verdade quanto à reforma de saúde precisa ir ao povo. Isso é essencial a fim de prender-lhes a atenção relativamente à verdade bíblica. OP 82 3 Deus requer que Seu povo seja temperante em tudo. A menos que pratiquem a temperança, eles não serão e não poderão ser santificados por meio da verdade. Seus próprios pensamentos e mentes se tornam depravados. OP 82 4 Procure as pessoas onde se encontram -- Muitos dos que são considerados desenganadamente depravados, uma vez que sejam devidamente instruídos com relação a seus costumes contrários à saúde, hão de ser presos pela verdade. Poderão, assim, ser elevados, enobrecidos, santificados, idôneos vasos para uso do Mestre. Devemos ir, com as mãos cheias de matéria própria para ler, o coração cheio do amor de Cristo pela alma deles, procurando-os onde se encontram. Muitos serão atraídos pelo Senhor Jesus Cristo e responderão ao chamado. Muitos se acham aborrecidos com o árido formalismo existente no mundo cristão. Muitos estão se tornando descrentes porque veem a falta de genuína piedade nos que professam o cristianismo. Boa obra poderia ser feita a fim de preparar o caminho para a introdução da verdade, uma vez que se dessem decididos testemunhos quanto à questão da saúde e temperança. [...] OP 83 1 Foi me mostrado que ao dar atenção a esse ramo da obra removeremos grande quantidade de preconceitos de muitas mentes, os quais lhes têm barrado o caminho para que recebam a verdade e leiam as publicações que expõem a verdade em que cremos. Esse assunto não deve ser passado por alto como não essencial; pois quase todas as famílias necessitam ser tocadas nessa questão, e sua consciência despertada para que se tornem praticantes da Palavra de Deus em termos de abnegação quanto ao apetite. Quando fornecemos informação ao povo sobre questões da reforma de saúde, temos preparado o caminho para que se dê atenção à verdade presente para estes últimos dias. Disse meu guia: "Educai, educai, educai!" A mente deve ser iluminada; pois o entendimento está entenebrecido, tal como Satanás deseja, para que possa encontrar acesso através do apetite pervertido e rebaixar o ser humano. OP 83 2 Uma das razões para não haver mais fervor religioso e sincera piedade é porque a mente está ocupada com coisas sem importância e não há tempo para meditar, pesquisar a Bíblia ou orar. Se as consciências pudessem ser levadas a ver o erro na preparação do alimento e a influência sobre as tendências morais de nossa natureza, ocorreriam decididas reformas em cada família. A intemperança na vontade resultou aos nossos primeiros pais na perda do Éden. Geralmente encontramos, mesmo entre os adventistas do sétimo dia, essa inclinação; esse hábito; o preparo do alimento de forma não salutar; hábitos não saudáveis no vestir e que enfraquecem a eficiência espiritual, moral e física, tornando-se impossível vencer a tentação. O que faremos nós? Esse assunto infelizmente está sendo negligenciado. [...] OP 83 3 Nosso dever é ensinar a reforma de saúde -- Fui informada por meu guia de que os que creem na verdade não somente devem observar a reforma de saúde, mas também ensiná-la diligentemente a outros; pois será um instrumento pelo qual a verdade pode ser apresentada à atenção dos não-crentes. Eles raciocinarão que, se temos ideias tão boas relativamente à saúde e à temperança, deve haver em nossa crença religiosa alguma coisa digna de estudo. Se apostatarmos na reforma de saúde, perderemos muito de nossa influência para com o mundo lá fora. OP 83 4 Artigos curtos e interessantes -- Quando estiverem em grandes reuniões, façam sermões que motivem grandemente a reforma. Elevem o intelecto. Empreguem todos os talentos disponíveis em tudo o que for feito e depois deem prosseguimento com os livros e panfletos, com artigos escritos de forma simples para evidenciar os assuntos que lhes foram apresentados, para que a palavra falada possa ser repetida pelo agente silencioso. Artigos curtos e interessantes devem ser publicados em um formato barato e distribuídos em todos os lugares. Devem estar à mão sempre que a verdade for apresentada à mente daqueles que a recebem como nova e peculiar. OP 84 1 Eis o ramo da obra na vinha do Senhor que não tem recebido atenção. Foi-me mostrado com relação a esse assunto que, pela rejeição, muito tem sido perdido. A Palavra de Deus deve ser apresentada com mais sabedoria. As mentes devem ser arrebatadas e direcionadas ao ponto principal, ou então Satanás levará a semente lançada. Em comparação aos que rejeitarão a verdade, haverá apenas um pequeno número que estará pronto a recebê-la; mas apenas um converso é de grande valor. O valor de todo o mundo recai à insignificância quando comparado ao valor de uma única pessoa. -- Manuscrito 1, 1875. OP 84 2 O melhor do país -- O povo está perecendo por falta de conhecimento. Diz o apóstolo: "Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude, a ciência". 2 Pedro 1:5. Após receber a fé evangélica, nossa primeira tarefa é buscar acrescentar virtuosos e puros princípios, e assim purificar a mente e o coração preparando-os para a recepção do verdadeiro conhecimento. Doenças de quase todos os tipos estão acometendo o povo, entretanto, as pessoas parecem dispostas a permanecer na ignorância dos meios de cura e dos caminhos a seguir para prevenir enfermidades. OP 84 3 Com o estabelecimento do Instituto de Saúde, foi desígnio de Deus não apenas divulgar o conhecimento para os poucos que o visitassem, mas que muitos fossem instruídos a fazer tratamentos no próprio lar. O Health Reformer [Periódico pioneiro de saúde, publicado com esse título de 1866 a 1878. Posteriormente, ficou conhecido como Good Health] é o meio através do qual raios de luz devem brilhar sobre o povo. Ele deve ser a melhor publicação de nosso país sobre saúde. Precisa ser adaptado às necessidades do povo comum, pronto para responder a questões próprias, explicar plenamente os princípios elementares das leis da vida e ensinar como obedecer-lhes e preservar a saúde. O grande objetivo a ter em vista com a publicação desse periódico é sua utilidade para o sofredor povo de Deus. O povo comum, especialmente os muito pobres para ser atendidos pelo Instituto, devem ser alcançados e instruídos pelo Health Reformer. -- Testemunhos para a Igreja 1:552, 553. OP 85 1 A manjedoura fora do alcance -- Soube que o irmão _____ havia sugerido que o Pacific Health Journal [Patrocinado pelo Retiro Rural de Saúde, em Santa Helena, começou a ser publicado em 1885. No verão de 1904, o nome foi alterado para Life and Health] publicado a pedido do Retiro de Saúde, fosse interrompido e substituído pelo Good Health [Em 1879, o periódico de saúde pioneiro, The Health Reformer, passou a ser chamado Good Health, sem alterar seus editores]. Apressei-me em dar a resposta e disse ao Pastor Loughborough: Deve haver um avanço a partir do humilde começo. O Good Health é uma revista que cumprirá seu dever no leste das Montanhas Rochosas, mas não realizará a obra esperada pelo Retiro de Saúde na costa do Pacífico neste seu início. Devem levar em consideração que o Health Reformer foi iniciado, exigirá o máximo empenho e deve ser publicado mensalmente, ao invés da tiragem trimestral. OP 85 2 O Good Health está muito acima das necessidades de homens e mulheres de pouca formação. É necessário maior simplicidade e ele deve se tornar algo vivo, repleto de matérias que atraiam o interesse para completar a obra na costa do Pacífico. [...] O Senhor deseja que o Pacific Health Journal continue e assim ele prevalecerá; simplesmente porque o irmão _____ deixou de editá-lo, não significa que deixará de existir. Pode criticá-lo o quanto quiser, como Trall criticou o Health Reformer; contudo, ele prevalecerá. -- Carta 10, 1887. OP 85 3 Temperado, não insípido -- Enquanto trabalham no Herald of Health [publicado na Austrália a partir de Janeiro de 1898. Posteriormente recebeu os nomes de Australasian Good Health e Life and Health] depositem a confiança no Senhor Jesus e façam de tudo para tornar o periódico um sucesso. Usem frases curtas, porque assim seus artigos se tornarão muito mais interessantes. [...] OP 85 4 Espero e oro para que tornem o Herald of Health um agente vivo e que para sempre fale com vitalidade. OP 85 5 Não permitam que ele fique insípido. Seja ele temperado com a fragrância e o sabor da pura verdade. Esse é um aroma de vida para a vida. -- Carta 137, 1900. OP 85 6 Receitas para revistas de saúde -- Receitas que são criadas com base nos antigos métodos de preparo do alimento têm sido reunidas e publicadas em nossos periódicos de saúde. Isso não é correto. Somente as receitas mais simples, puras e que promovam o alimento mais saudável devem ser inseridas nas revistas de saúde. Não devemos esperar que aqueles que toda a sua vida condescenderam com o apetite compreendam a maneira de preparar alimento que seja imediatamente saudável, apetecível e simples. Essa é a ciência que todo hospital e restaurante vegetariano tem de ensinar. OP 86 1 É nosso dever ensinar as pessoas como preparar alimentos que não sejam caros e que sejam saudáveis e saborosos. Jamais deve aparecer uma receita nas revistas de saúde que possa manchar nossa reputação como reformadores da saúde. -- Carta 201, 1902. OP 86 2 Ir ao encontro do povo -- Não devemos ir mais depressa do que nos possam acompanhar aqueles cuja consciência e intelecto estão convencidos das verdades que defendemos. Devemos ir ao encontro do povo onde ele se acha. Alguns dentre nós levaram muitos anos para chegar à posição em que nos encontramos agora, na questão da reforma de saúde. É obra lenta efetuar uma reforma no regime alimentar. Temos de enfrentar fortes desejos, pois o mundo é dado à glutonaria. Se concedêssemos ao povo tanto tempo quanto nós levamos para chegar ao atual estado avançado na reforma, seríamos muito pacientes com eles, e permitiríamos que avançassem passo a passo, como fizemos nós, até que seus pés estivessem firmemente estabelecidos na plataforma da reforma de saúde. Devemos, porém, ser muito cautelosos para não avançar muito depressa, para que não sejamos obrigados a voltar atrás. Em matéria de reformas, é melhor ficar um passo aquém da meta do que avançar um passo além. E se houver algum erro, seja do lado mais favorável ao povo. OP 86 3 Acima de tudo, não devemos defender com a pena posições que não pomos à prova prática em nossa própria família, em nossas próprias mesas. Isso é uma dissimulação, uma espécie de hipocrisia. -- Testemunhos para a Igreja 3:20, 21 (1872). ------------------------Capítulo 17 -- Estratégias de distribuição OP 87 1 Review and Herald e Signs of the Times -- Erros têm sido cometidos em reduzir o preço das publicações para atender certas dificuldades. Esses esforços precisam mudar. Aqueles que tomaram essas medidas eram sinceros. Imaginaram que a sua liberalidade levaria pastores e povo a trabalharem para aumentar grandemente a demanda pelas publicações. OP 87 2 Pastores e povo devem agir nobre e liberalmente no trato com nossas casas publicadoras. Em vez de estudarem e imaginarem como podem obter periódicos, folhetos e livros, com o mais baixo preço, devem procurar levar a mente do povo a perceber o verdadeiro valor das publicações. Todos esses centavos obtidos de milhares de publicações têm causado uma perda de milhares de dólares aos nossos escritórios, quando uns poucos centavos a mais de cada indivíduo dificilmente seriam sentidos. OP 87 3 Review and Herald e Signs of the Times são periódicos baratos em seu preço total. A Review é um periódico valioso; contém assuntos de grande interesse para a igreja, e deve ser colocado em toda a família de fiéis. Se alguém é por demais pobre para obtê-lo, a igreja deve, através de assinatura, arrecadar o montante do preço total do periódico, e supri-lo às famílias necessitadas. Quão melhor seria esse plano do que colocar esses pobres na dependência da casa publicadora ou da sociedade de publicações. OP 87 4 A mesma atitude deve ser seguida com respeito ao Signs -- Com pequenas variações, esse periódico tem crescido em interesse e em valor moral como uma publicação pioneira desde o seu estabelecimento. Esses periódicos são de aceitação unânime. São dois instrumentos no grande campo para realizar seu trabalho específico em difundir a luz neste tempo designado por Deus. Todos devem empenhar-se tão zelosamente para fortalecer tanto um quanto o outro. [...] OP 87 5 Ampliar a circulação -- Nosso povo deve fazer maiores esforços para ampliar a circulação da Review. Se nossos irmãos e irmãs tão-somente manifestassem maior zelo e dedicassem mais perseverantes esforços para realizá-lo, isso seria feito. Cada família deve ter esse periódico. E caso negassem a si mesmos seus pequenos luxos, chá e café, muitos que agora não têm suas visitas semanais poderiam pagar para que o mensageiro de luz alcançasse os seus lares. Quase toda família tem uma ou mais revistas seculares, e essas frequentemente contêm histórias de amor ou relatos de violência que prejudicam a mente daqueles que os leem. Os que consentem em passar sem a Review and Herald perdem muito. Através de suas páginas, Cristo pode falar-lhes em advertências, reprovação e conselho, que mudariam a direção de seus pensamentos e para eles seria como o pão da vida. OP 88 1 Conteúdo de nossos periódicos -- Nossas revistas não devem estar cheias de longas discussões ou longos argumentos doutrinários, que cansariam o leitor; mas conter artigos doutrinários interessantes e práticos. O preço de nossas revistas não deve ser tão baixo que nenhuma margem de lucro seja deixada para continuar o trabalho. O mesmo interesse que tem sido manifesto para promover a circulação do Signs of the Times deve ser demonstrado em ampliar a circulação da Review. Se isso for feito, o êxito acompanhará o esforço. OP 88 2 Estamos sobre terreno encantado, e Satanás está continuamente trabalhando para embalar nosso povo no berço da segurança carnal. Há uma indiferença, uma falta de zelo, que paralisa todos os nossos esforços. Jesus foi um obreiro zeloso; e quando Seus seguidores nEle se apoiarem, e trabalharem como Ele trabalhou, verão e perceberão os resultados correspondentes. Um esforço deve ser feito para atribuir um preço apropriado às nossas publicações, e levá-las de volta gradualmente a um nível adequado. Não devemos ser afetados pelo clamor de especulação, de ganhar dinheiro! Devemos avançar firmemente, indiferentes à censura, não corrompidos pelo aplauso. Voltar a um preço adequado será uma tarefa mais difícil do que muitos supõem; mas deve ser realizada a fim de salvar nossas instituições de dificuldades financeiras. -- Testemunhos para a Igreja 4:598-600 (1881). OP 88 3 Nas prateleiras de nossas bibliotecas -- Muitos guardadores do sábado não fazem a assinatura da Review, e alguns não assinam nem a Review nem a Signs. Alegam que não têm condições de assinar essas revistas que são tão importantes para eles. Em muitos casos, porém, revistas seculares serão encontradas em suas casas para seus filhos lerem. A influência da maioria dessas revistas é fazer com que percam o gosto pela Palavra de Deus e o sabor por toda leitura que seja útil e instrutiva. A mente assimila o alimento que lhe servem. Os periódicos seculares estão repletos de relatos de assassinatos, roubos e outros crimes revoltantes e a mente do leitor fixa-se nas cenas dos vícios que são apresentados. Pela condescendência, a leitura de literatura sensacionalista e desmoralizadora torna-se um hábito, como o uso de ópio ou outras drogas detestáveis e, como resultado, a mente de milhares de pessoas é enfraquecida, degradada e mesmo enlouquecida. Satanás ataca cada vez mais através das produções da imprensa do que por quaisquer outros meios para enfraquecer a mente e corromper a moralidade da juventude. OP 89 1 Seja banida de nossas casas toda literatura dessa espécie e que os livros que são úteis, instrutivos e que elevam ocupem nossas bibliotecas e estejam em nossas mesas, juntamente com a Review and Herald, a revista da nossa igreja, e a Signs of the Times, nossa revista missionária. Será muito benéfico o efeito que essa literatura exercerá sobre nossos filhos. Durante essas longas noites de inverno, mantenham os pais seus filhos em casa e então seja o tempo consagrado à leitura das Escrituras e outros livros interessantes que comuniquem conhecimento e incutam bons princípios. Escolha-se o melhor leitor para ler em voz alta, enquanto os outros membros da família se acham empenhados em ocupações úteis. Assim essas noites em casa se podem tornar tanto aprazíveis quanto proveitosas. A leitura de boa qualidade e sadia será para o espírito o que é para o corpo o alimento saudável. Poderemos nos tornar assim mais fortes para resistir à tentação, formar bons hábitos, e proceder segundo os retos princípios. -- The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1882. OP 89 2 Estive lendo a Review durante esta manhã. Está repleta de preciosas matérias. Essa revista deveria estar com cada família de nosso povo, não somente na América do Norte, mas em cada país. É a revista da nossa igreja para o mundo. Estarei empenhada em obter assinantes para ela na América do Norte e na Austrália. Não menosprezo a Signs of the Times. Tanto a Review como a Signs devem ter ampla circulação. Espero que a lista de assinantes da Watchman possa também crescer bastante. Desejo que todos se empenhem em buscar assinantes para a Watchman, para a Review e para todos esses periódicos que contêm importantes temas para o tempo em que vivemos. -- Carta 93, 1905. OP 89 3 Promovendo a Watchman -- Tem sido feita esta pergunta: Deveria o Watchman ocupar um território além dos estados do sul? Certa noite, pareceu-me estar em uma reunião em que essa questão era discutida. Alguns diziam que não seria bom investir no aumento da circulação do Watchman para todas as partes do campo. Diziam que a Review and Herald e a Signs of the Times deveriam ter ampla circulação, mas que o Watchman não deveria interferir na distribuição desses dois periódicos que há tanto tempo estão entre o povo. Pensavam que nossa obra com o Watchman deveria ser limitada aos estados do sul. OP 90 1 Alguns ficaram surpresos com essas afirmações. Uma das autoridades levantou-se e falou: O Senhor Deus de Israel vê o orgulho do coração humano. Todos aqueles que se interessam pelos dois periódicos principais devem estar atentos quanto a permitir que planos egoístas encontrem espaço em sua obra. O Watchman deve ser amplamente distribuído. Ele leva a mensagem da verdade tanto quanto a Review e a Signs of the Times. Sejam cautelosos em não interferir na obra do Watchman. [...] OP 90 2 Um trabalho a fazer -- Lembrem-se todos os que foram bem sucedidos com a circulação da Signs e da Review que o Watchman tem igualmente uma obra a realizar. Será de grande proveito se lhe for dada a oportunidade de desempenhar a obra que lhe foi confiada em todas as partes do mundo. Seu campo é qualquer lugar em que haja assinantes para ele. -- Carta 351, 1904. OP 90 3 Nossas revistas de saúde -- A circulação de nossas publicações sobre saúde é obra importantíssima, na qual devem ter vivo interesse todos os que creem nas verdades especiais para este tempo. Deus deseja que agora, como nunca antes, a mente do povo seja profundamente agitada para analisar a grande questão da temperança e os princípios que fundamentam a genuína reforma de saúde. A vida física deve ser cuidadosamente educada, cultivada e desenvolvida para que, mediante homens e mulheres, seja revelada a natureza divina em sua plenitude. Tanto as faculdades físicas como as mentais, com suas afeições, devem ser tão bem exercitadas que possam atingir a mais alta eficiência. OP 90 4 Reforma, contínua reforma, deve ser conservada diante do povo, e por meio do exemplo devemos dar força aos nossos ensinamentos. A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar em favor da salvação dos homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade de abandonarem os prazeres pecaminosos, os quais destroem a saúde, aviltam a alma e impedem que a verdade divina impressione a mente. Deve-se ensinar os homens e as mulheres a fazerem um cuidadoso exame de todo hábito e prática, e a abandonarem sem demora aquilo que origina um estado doentio do corpo, e lança, dessa forma, uma escura sombra sobre a mente. OP 90 5 Deus deseja que Seu povo seja portador de luz a um mundo que permanece nas trevas da meia-noite. Se, porém, eles recusarem progredir na luz que Ele faz brilhar em seu caminho, a luz se lhes tornará finalmente em trevas; e em lugar de serem portadores de luz para o mundo, eles próprios se perderão na escuridão que os rodeia. Deus deseja que Seus portadores de luz mantenham sempre uma alta norma diante de si. Por preceito e exemplo, devem manter esta norma perfeita muito acima da falsa norma de Satanás, a qual, se seguida, levará à miséria, degradação, enfermidade e morte, tanto para o corpo como para a alma. OP 91 1 Os que ensinam os princípios da reforma de saúde devem ser entendidos quanto às doenças e suas causas, compreendendo que cada ato do ser humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz dada por Deus, sobre a reforma de saúde, é para nossa salvação e salvação do mundo. Homens e mulheres devem ser informados quanto ao corpo humano preparado por nosso Criador como o lugar de Sua morada, e do qual Ele deseja que sejamos fiéis mordomos. Essas grandes verdades devem ser comunicadas ao mundo. Devemos alcançar as pessoas onde estas se encontram e, por exemplo e preceito, levá-las a ver as belezas do caminho melhor. OP 91 2 Nosso dever para com o mundo -- O mundo encontra-se em aflitiva necessidade de instrução neste sentido. Chegou o tempo em que cada pessoa deve ser fiel e verdadeira a todo raio de luz que Deus deu, e começar a transmitir com zelo este evangelho da saúde às pessoas. Teremos força e vigor para fazer isso, caso pratiquemos estas verdades em nossa própria vida. Se todos seguíssemos a luz recebida, as bênçãos de Deus repousariam sobre nós e estaríamos desejosos de colocar estas verdades diante daqueles que não as conhecem. [...] OP 91 3 Deve-se ter cuidado em toda nossa obra para que não se faça de nenhum ramo uma especialidade, enquanto outros interesses são deixados a sofrer. Não tem havido, na circulação de nossos periódicos sobre saúde, o interesse que devia haver. Não se deve negligenciar a sua circulação, do contrário o povo sofrerá grande perda. OP 91 4 Ninguém pense que a circulação das revistas sobre saúde é questão de pouca importância. Todos devem dedicar-se a essa obra com mais interesse, e fazer maiores esforços nesse sentido. Deus abençoará grandemente os que a ela se entregarem com zelo, pois é uma obra que deve receber atenção neste tempo. OP 91 5 Os pastores podem e devem fazer muito no sentido de apressar a distribuição das revistas de saúde. Cada membro da igreja deve trabalhar tão zelosamente em favor dessas revistas como por outras que possuímos. Nenhum atrito deve haver entre os dois. Ambos são necessários, e tanto um como o outro devem ocupar o campo ao mesmo tempo. Cada qual é o complemento do outro, e de modo algum pode tomar-lhe o lugar. A circulação das revistas de saúde será um poderoso instrumento na preparação do povo para aceitarem aquelas verdades especiais que devem prepará-los para a breve vinda do Filho do homem (CSS, p. 445-447). (1901) OP 92 1 Um programa equilibrado -- Você tem um grande interesse pela circulação das publicações de saúde, e isso é correto; mas esse ramo tão especial não deve se tornar dominante. A reforma de saúde está tão intimamente relacionada com a mensagem do terceiro anjo como o braço está para com o corpo, mas o braço não pode tomar o lugar do corpo. A proclamação da mensagem do terceiro anjo, os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, eis a base de nossa obra. A mensagem deve ser proclamada em alta voz e deve ir a todo o mundo. A apresentação dos princípios de saúde deve estar unida a esta mensagem, mas não deve de maneira nenhuma ficar independente dela, ou tomar de alguma forma o seu lugar. -- Carta 57, 1896. ------------------------Capítulo 18 -- Publicando na imprensa secular OP 93 1 Publicação de palestras -- A verdade apresentada pelo pregador vivo deve ser publicada na maneira mais condensada possível, e amplamente disseminada. Na medida do possível, publiquem-se nos jornais as importantes palestras proferidas em nossas reuniões campais. Assim, a verdade que foi apresentada a um limitado número, terá acesso a muitas mentes. E em casos em que tenha havido desfiguração da verdade, o povo terá oportunidade de saber exatamente o que o pastor disse. -- Testemunhos para a Igreja 6:37 (1900). OP 93 2 Despertem os corações através da página impressa -- Há muitos que anseiam por conhecer a verdade. Os anjos do Céu estão influindo em mentes humanas para despertar a investigação dos assuntos da Bíblia. Será efetuada uma obra muito mais ampla do que já foi realizada, e nem um pouco de sua glória irá para os homens, pois os anjos que ministram a favor dos que hão de herdar a salvação estão trabalhando de dia e de noite. Todos aqueles que serão salvos devem cooperar com os agentes do Céu para despertar os habitantes da Terra para as solenes verdades para este tempo. [...] OP 93 3 A mensagem do terceiro anjo é muito mais do que compreendemos hoje. Devemos buscar conhecer tudo o que for possível concernente a essa solene mensagem. A terra será iluminada com sua glória. Os anjos de Deus sairão por todo o nosso país para despertar a mente das pessoas, se cooperarmos com eles. Triste, porém, é o fato de que estamos muito longe das providências de Deus e a obra que deveria ser feita para enviar os raios da verdade para aqueles que estão em meio às trevas permanece ainda por ser feita. [...] OP 93 4 Os homens darão impressão errônea das doutrinas que cremos e ensinamos como verdade bíblica, e é necessário que sejam feitos sábios planos que nos assegurem o privilégio de inserir artigos na imprensa secular, pois isto será um meio de despertar almas, para que vejam a verdade. Deus suscitará homens que terão a capacidade de semear ao lado de todas as águas. Deus proporcionou grande luz sobre importantes verdades, e ela tem de ir ao mundo. -- Carta 1, 1875. ------------------------Capítulo 19 -- Tipos de livros necessários OP 94 1 Fortalecer os pilares da fé -- A obra de produzir livros é grande e boa; nem sempre, porém, esteve ela na elevada e santa posição que Deus lhe designou ocupar, pelo fato de o eu achar-se entretecido no trabalho de alguns envolvidos com as publicações. A obra da colportagem será o meio de dar rapidamente a sagrada luz da verdade presente ao mundo. As publicações que saem de nossos prelos devem ser de tal caráter que fortaleçam cada ponto de apoio da fé que foi estabelecida pela Palavra de Deus e pela revelação de Seu Espírito. OP 94 2 A verdade que Deus deu a Seu povo nestes últimos dias deve conservá-lo firme quando vierem à igreja os que apresentam falsas teorias. A verdade, que tem permanecido firme contra os ataques do inimigo por mais de meio século, precisa ainda ser a confiança e o conforto do povo de Deus. OP 94 3 Nossa evidência aos não professos, de que possuímos a verdade da Palavra de Deus, será dada através de uma vida de estrita renúncia. Não devemos escarnecer de nossa fé, mas sempre conservar diante de nós o exemplo dAquele que, embora Príncipe do Céu, desceu a uma vida de renúncia e sacrifício, para vindicar a justiça da palavra de Seu Pai. Resolvamos todos fazer o melhor ao nosso alcance para que a luz de nossas boas obras possa resplandecer ao mundo. OP 94 4 Unidade e progresso -- Perfeito acordo deveria existir nos planos estabelecidos para a publicação de nossos livros e periódicos, de modo que a luz neles contida seja rapidamente levada a todas as partes, às igrejas nominais e ao mundo. Muito mais poderia haver sido realizado na venda de nossos livros do que aquilo que até aqui conseguimos. OP 95 5 Nossos pastores devem convocar os membros das igrejas para que participem do triunfo da verdade. "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a Terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo, e a Sua glória se verá sobre ti. E as nações caminharão à tua luz, e os reis, ao resplendor que te nasceu". Isaías 60:1-3. Unidade e amor realizarão coisas maravilhosas em favor dos crentes. OP 95 6 Não haverão de erguer-se nossas igrejas, apresentando a última mensagem de advertência ao mundo? -- Testemunhos para a Igreja 9:69, 70 (1909). OP 95 1 Com uma mensagem oportuna -- Passado algum tempo tornei a dormir. Dessa vez me pareceu estar numa reunião de comissão, onde estava sendo estudada a nossa obra de publicações. Estavam presentes vários irmãos nossos, líderes da obra, e o Pastor Haskell e sua esposa, deliberando com os demais irmãos acerca da disseminação dos nossos livros, folhetos e revistas. OP 95 2 O Pastor Haskell apresentou fortes argumentos pelos quais os nossos livros que contêm o conhecimento que foi comunicado à irmã White -- livros que contêm a mensagem especial que deve ser dada ao mundo nos dias atuais -- devem ter ampla disseminação. Disse ele: "Por que não aprecia o nosso povo e não dissemina com maior profusão livros que são divinamente aprovados? Por que não se dedica especial atenção aos livros que contêm advertências sobre a obra de Satanás? Por que não nos esforçamos mais para disseminar os livros que mostram como Satanás se empenha em contrafazer a obra de Deus, e não lhe desvendamos os planos e enganos? Os males morais desses enganos devem ser desfeitos, abrindo-se os olhos das pessoas a fim de que percebam a situação e os perigos de nossa época, e façam esforços diligentes para apegarem-se a Cristo e à Sua justiça." OP 95 3 Estava em nosso meio um mensageiro celestial, o qual proferiu palavras de advertência e instrução. Fez-nos compreender com clareza que o evangelho do reino é a mensagem por cuja falta o mundo perece, e que esta mensagem, contida em nossas publicações já editadas e nas que ainda virão a ser lançadas, deveria ser espalhada entre o povo de perto e de longe. -- Testemunhos para a Igreja 9:66, 67 (1909). OP 95 4 Preparar o povo para permanecer na verdade -- Os grandes livros [...] contêm a verdade presente para este tempo -- verdades que devem ser proclamadas em todas as partes do mundo. Nossos colportores devem fazer circular os livros que dão instrução definida referente a mensagens decisivas que devem preparar um povo para que permaneça na plataforma da verdade eterna, mantendo erguida a bandeira na qual está escrito: "Os mandamentos de Deus e a fé em Jesus". Apocalipse 14:12. -- Manuscrito 136, 1903. OP 95 5 Relembrar a atuação de Deus -- Sinto-me profundamente preocupada com a atual situação. Devemos agora fazer o trabalho que deveria ter sido feito há muito tempo. Precisamos agir da mesma forma que o Senhor instruiu Moisés a agir na ocasião em que os filhos de Israel, após atravessarem o deserto, estavam acampados às margens do rio Jordão. Moisés foi instruído a relembrar o povo da atuação do Senhor em seu favor durante o período de vagueações pelo deserto. O registro desse acontecimento encontra-se no livro de Deuteronômio. OP 96 1 O registro da experiência vivida pelo povo de Deus no início da história de nosso trabalho deve ser publicado. Muitos dos que desde então aceitaram a verdade não conhecem a maneira como o Senhor atuou. A experiência de Guilherme Miller e seus companheiros, do capitão José Bates e dos pioneiros da mensagem adventista precisam ser mantidas diante de nosso povo. O livro do pastor Loughborough deve receber atenção. Nossos líderes têm de verificar o que pode ser feito para a circulação desse livro. OP 96 2 Devemos estudar para descobrir a melhor maneira de começar a rememoração das experiências desde o início de nosso trabalho, ocasião em que nos separamos das igrejas e prosseguimos passo a passo na luz que Deus nos concedia. Depois disso, assumimos a posição de que a Bíblia, e somente a Bíblia, deveria ser o nosso guia; e jamais devemos afastar-nos dessa posição. Fomos testemunhas das manifestações maravilhosas do poder de Deus. Milagres ocorreram. Repetidas vezes, quando nos encontrávamos em situações difíceis, o poder de Deus manifestou-se em nosso favor. -- Carta 105, 1903. OP 96 3 Compilação dos artigos de E. G. White -- Os assuntos levados diante do povo devem ser reapresentados repetidas vezes. Os artigos publicados logo são esquecidos pelos leitores. Eles devem ser reunidos, republicados na forma de um livro e colocados diante dos crentes e descrentes. -- Carta 71, 1903. OP 96 4 Literatura para os campos do sul -- Literatura especial deve ser preparada para os campos do sul. A publicação deve se feita no sul a fim de preparar o estilo de livros mais adequado para esse campo. -- Manuscrito 5, 1903. OP 96 5 Atender às necessidades dos negros -- Deduzo que o seu interesse principal seja o trabalho entre os negros no sul. Bem, trabalhe arduamente. Você deve publicar livros que contenham muitas lições objetivas, pois os negros precisam ver algo antes de compreender. Devem ser distribuídos pequenos livros gratuitamente. [...] OP 96 6 A publicação em Nashville terá de ser feita de forma que atenda às necessidades das próprias pessoas em favor de quem você está trabalhando. Tudo deve ser claro, simples e ilustrado. As ilustrações não dispendiosas são tão úteis para esse campo quanto os trabalhos mais caros. Livros baratos e simples devem ser impressos. [...] OP 97 1 O sul é um mundo fechado em si mesmo e a publicação deve ser feita no próprio campo. Com a ausência de livros adequados para serem colocados nas mãos do povo, as palestras e pregações serão esquecidas pela mente. Mas se materiais impressos de forma adequada forem colocados em suas mãos para que possam ler a verdade e ver as ilustrações que acompanham o material, a verdade permanecerá na mente e terá um poder convincente. Em seguida, outros livros maiores deverão ser impressos para atender às necessidades das classes mais cultas. -- Manuscrito 28, 1903. OP 97 2 Livros essenciais para este tempo -- Tenho recebido cartas que abordam a questão da publicação de literatura, questionando se não há perigo de colocar diante do povo muitas coisas que não estão relacionadas às verdades de tão grande importância para nós como povo. Tenho sido instruída que histórias comuns apresentadas em forma de livro não são essenciais ao nosso bem-estar. O mundo está inundado com esse tipo de literatura, e o fato de que tais livros vendem muito não é de forma nenhuma evidência de que são os livros que deve entrar em circulação. A paixão por histórias está trazendo à luz muitos milhares de livros sem valor, os quais são como madeira, feno e palha. Esses livros são escritos por pessoas cuja mente tem sido educada para viver num mundo irreal. Tudo o que a mente imaginativa pode urdir é posto na forma de livro e apresentado ao mundo como alimento mental. Mas muitas vezes não tem valor alimentício. "Que é a palha para o trigo?" Nós não necessitamos de fantasia; pois estamos tratando com cruas realidades da vida. OP 97 3 Romances fúteis e de pouco valor não devem ser anunciados ou vendidos por nossas editoras. Muitos dos livros hoje colocados à venda não estão de acordo com a ordem de Deus. Quem sabe houve um tempo em que a venda desses livros tenha sido mais conveniente, mas estamos agora demasiado próximo do fim da história da Terra, para colocar diante do povo uma classe de livros que não contenham a mensagem que nosso povo necessita. Devemos atrair sua atenção para livros que tratem da fé e piedade práticas. Purifiquemos e santifiquemos o campo. Há abundância de livros que levarão luz ao mundo. OP 97 4 Não posso compreender porque nossos periódicos contêm tantas propagandas de livros não essenciais para este tempo. Uma profusão de tais livros pode ser adquirida em todas as livrarias. Por que não atrair a mente do povo para assuntos relacionados com as palavras de vida eterna? Por que não fazer um esforço para obterem-se comunicações simples, reais e verdadeiras de nossos obreiros de todas as partes do mundo? Deus requer este tipo de leitura. Não temos tempo para devotar a assuntos vulgares, nem tempo para gastar com livros que apenas entretêm. -- Manuscrito 80, 1899. OP 98 1 O perigo de livros de baixo teor -- A menos que se tome cuidado, o mercado será inundado de livros de baixo teor, e o povo será impedido da luz e verdade essenciais a eles a fim de que seja preparado o caminho do Senhor. Isso tem ocorrido, e ocorrerá novamente, a menos que os princípios corretos comandem a obra de publicações. -- Carta 43, 1899. ------------------------Capítulo 20 -- Duplicação de lançamentos e novas edições OP 99 1 Duplicação de livros -- No futuro será manifesta a mesma cegueira que agora se manifesta em relação à publicação de assuntos importantes. Homens repetirão os mesmos argumentos que agora são apresentados. Os princípios que fundamentam os planos colocados em prática são defeituosos. Quando um livro é lançado para atender certa necessidade do mundo, os interesses daquele livro devem ser protegidos pelos homens que receberam salário para publicá-lo, mesmo que o assunto contido no livro não seja de grande importância para demandar ampla circulação imediata. OP 99 2 Foram-me mostradas algumas coisas que ocorrerão no futuro. Um homem preparará um livro para publicação, e após a sua propagação, alguém pensará que pode publicar um livro semelhante em aparência e abordando praticamente o mesmo assunto que o primeiro livro lançado no mercado. O autor desse segundo livro utilizará palavras diferentes, mas apresentará o mesmo assunto que foi tratado no primeiro. Assim, dois livros diferentes serão publicados quando um já teria sido suficiente. Haverá casos em que mesmo antes de o autor escrever o livro que pretende publicar, alguém escreverá a respeito do mesmo assunto a fim de se antecipar àquele que expressou o propósito de escrever sobre o assunto em questão. O segundo livro publicado reduz a venda do primeiro, e aquele que tira vantagem do próximo dessa maneira não o trata com justiça. Seu livro toma amplamente o lugar e o mercado do primeiro livro lançado. Esse autor trabalhou de forma contrária aos princípios de justiça, pois praticou um roubo. -- Manuscrito 23, 1891. OP 99 3 Um procedimento injusto -- Tanto autores quanto editores devem ter visão de futuro e avaliar cuidadosamente os resultados de outros livros e empreendimentos antes de lançarem novos trabalhos. Tais coisas não são consideradas da maneira que deveriam. Muita discrição é necessária para lidar com esses assuntos, se desejamos que o nosso trabalho glorifique a Deus. As pessoas escolhidas para ocupar posições de responsabilidade na obra de publicações devem agora considerar com muito cuidado essas questões importantes. Devem distinguir atentamente entre o certo e o errado, a justiça e a injustiça, para que possam discernir o que é igualdade e tratamento justo. [...] OP 100 1 Há perigo de a negligência tomar posse da obra de publicações, o que a colocará numa situação que necessite de reajuste. Deve-se obedecer à regra de que nenhum segundo livro sobre qualquer assunto seja lançado no mercado até que aquele que o precede tenha uma chance justa. Deixo-lhes agora essas palavras de advertência e admoestação. -- Carta 225, 1899. OP 100 2 Igualdade na publicação de novas edições -- Na ocasião em que vários distribuidores possuírem grande estoque de certos livros, nada deve ser feito por nenhuma outra instituição para lançar novas edições sem primeiro consultar aqueles que ainda possuem grandes quantidades da edição antiga. Em toda ação deve-se exercer cuidado para não seguir por um caminho que trará prejuízo às nossas instituições. Devemos agir sempre com equidade e com julgamento santificado. -- Carta 229, 1903. OP 100 3 Revisão de livros importantes -- A obra que o Senhor nos deu neste tempo é apresentar ao povo o verdadeiro esclarecimento quanto aos pontos de prova de obediência e salvação -- os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. OP 100 4 Em alguns de nossos livros importantes que têm sido publicados por anos, e que têm trazido muitos ao conhecimento da verdade, podem-se encontrar assuntos de menor importância que pedem cuidadoso estudo e correção. Sejam esses assuntos considerados por aqueles que são regularmente designados para cuidarem de nossas publicações. Não ampliem os irmãos, nem colportores nem pastores esses assuntos, de maneira que diminuam a influência desses bons livros salvadores de almas. Empreendêssemos nós a obra de desacreditar nossa literatura, e poríamos armas nas mãos dos que se apartaram da fé, e confundiríamos a mente dos que abraçaram recentemente a mensagem. Quanto menos se fizer para mudar desnecessariamente nossas publicações, tanto melhor. -- Preach the Word, 7 (1910). ------------------------Capítulo 21 -- Publicações independentes OP 101 1 O perigo do trabalho independente -- É necessário que algo seja feito a fim de preservar os interesses daqueles que creem na verdade para este tempo. Cristo advertiu que falsas doutrinas, falsos profetas e falsos cristos apareceriam e enganariam a muitos. De acordo com a luz que Deus bondosamente tem me concedido, como Sua humilde serva, sei que essas profecias estão se cumprindo, e não são poucos os testemunhos enviados para combater essas questões à medida que aparecem ao longo de nossa experiência religiosa. Sucederão grandes ilusões, e "dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles". Atos 20:30. Até mesmo Satanás se disfarçará e aparecerá imitando Cristo. OP 101 2 Posso ver claramente que se toda pessoa que se considera habilitada a escrever livros seguisse sua imaginação e fossem suas produções publicadas, insistindo em que fossem recomendadas por nossas casas editoras, haveria uma quantidade de joio largamente semeado em nosso mundo. OP 101 3 Uso indiscriminado dos Testemunhos -- Muitos dentre nosso próprio povo me escrevem pedindo com ansiosa determinação o privilégio de usarem meus escritos para dar força a certos assuntos que desejam apresentar ao povo de modo a deixar sobre as pessoas mais profunda impressão. É verdade que há razão para que alguns desses assuntos devam ser apresentados; mas não me arriscaria a dar minha aprovação ao uso dos Testemunhos dessa maneira, ou a sancionar que ponham matéria, em si mesma boa, pela maneira por que eles propõem. As pessoas que fazem essas propostas, quanto eu saiba, podem ser capazes de conduzir o empreendimento acerca do qual escrevem com prudência; não obstante, não ouso dar a mínima permissão para usarem meus escritos na maneira que elas propõem. Tomando em consideração tal empreendimento, há muitas coisas a serem levadas em conta; pois servindo-se dos Testemunhos para apoiar algum assunto que possa impressionar a mente do autor, as citações poderão dar uma impressão diferente daquela que dariam, fossem elas lidas em seu contexto original. OP 102 1 Tenho também recebido materiais impressos, panfletos e folhetos, de algumas pessoas, que apresentam vários trechos das Escrituras, ordenados de maneira que parecem provar certas teorias; mas eles apenas provam essas teorias na visão do autor que os reuniu, pois a verdade apresentada numa estrutura de erro desvia a mente do real assunto que deveria atrair a atenção, e ajuda o erro a distanciar a mente dos homens da verdade presente, que é essencial para este tempo. Essas pessoas reúnem certos trechos da Palavra de Deus, interpretam passagens da Bíblia, como também dão vida às suas opiniões; mas estão torcendo as Escrituras para fazer com que digam aquilo que não disseram. Falsas teorias serão disseminadas pelo mundo até o fim, e enquanto houver editoras, o erro será apresentado para ser publicado, e livros serão preparados para serem lançados ao público. OP 102 2 Proteção de nossas casas publicadoras -- Se não houvesse proteção contra a publicação de teorias errôneas, nossas casas publicadoras se tornariam agentes de disseminação de falsas teorias. Há escritores que discorrem extensamente sobre um ou dois tópicos de certa teoria, que outros não conseguem considerar importantes, e em seguida pensam que suas ideias foram profundamente menosprezadas. OP 102 3 Há dois ou três dias, recebi uma carta de alguém que professa ser guardador do sábado na Califórnia. Ele ficou muito magoado com o fato de a Pacific Press não ter dado a devida atenção às suas produções e não ter aceitado a luz que ele se propôs a apresentar ao mundo. Haverão muitos falsos deuses e falsos mestres que lutarão para ser reconhecidos; mas se as pessoas que sentem o dever de propagar algo original ao mundo caminharem humildemente com Deus e em submissão e contrição de espírito, o Senhor as reconhecerá e lhes concederá a graça de Seu Santo Espírito para que façam o trabalho, segundo a sua habilidade, conforme a vontade de Deus. OP 102 4 Talvez você diga: "O que a irmã White quer dizer? Será que está me classificando juntamente com os falsos trabalhadores que acabou de mencionar?" Não, não estou, mas apresento as dificuldades que fazem com que as nossas casas publicadoras ajam com cautela. Assim, você poderá notar a necessidade das medidas praticadas no escritório de publicações a fim de desencorajar a paixão cega com que muitos são tomados ao pensar que o Senhor colocou sobre eles a responsabilidade de escreverem e publicarem uma variedade de assuntos, que não apenas não beneficiariam as igrejas deste tempo, como também prejudicaria o autor da iniciativa. Desejo que você perceba que algo deve ser feito para proteger as pessoas dos impostores, e que há necessidade de tomar decisões que desencorajem a determinação de homens em publicar suas teorias imaginárias. OP 103 1 Você sabe o que aconteceu com o irmão _____. Ele escreveu muitas coisas, e pensou que o que havia escrito deveria ser publicado. O Senhor, porém, impressionou-lhe a mente. Ele desistiu da ideia e queimou o manuscrito. Entretanto, não esqueceu o assunto e reproduziu suas teorias. Ao sentir que sua vida estava chegando ao fim, deixou dinheiro e encarregou a esposa de publicar o manuscrito. Ela não achou tão essencial quanto ele que o assunto fosse publicado, assim, depois de já ter entregue o manuscrito nas mãos das pessoas responsáveis pela publicação, pegou-o de volta e desistiu do encargo de publicá-lo. A produção do irmão _____ nunca foi publicada. Ele foi um bom homem, benquisto por todos que o conheceram; mas o assunto que resolveu abordar não era o assunto que deveria ser apresentado, não era o alimento adequado naquela ocasião para o rebanho de Deus. O caráter do assunto abordado por ele daria margem a teorias errôneas de vida que seriam nutridas por agentes humanos e produziriam frutos de dissensão e discórdia. OP 103 2 A necessidade de uma comissão editorial -- Achamos necessário tomar providências para a formação de uma comissão editorial, cujo dever é analisar o conteúdo proposto para publicação e decidir se o material é adequado ou não para ser publicado. Se os integrantes da comissão editorial estiverem ligados a Cristo, se seus olhos forem ungidos com o colírio que Jesus advertiu-lhes a comprarem dEle, então, e apenas então, serão capazes de julgar apropriadamente assuntos proveitosos para serem publicados. OP 103 3 É altamente recomendado que os manuscritos sejam cuidadosamente examinados antes de serem endossados pela Review and Herald e recebam os benefícios da influência do escritório. OP 103 4 Seus escritos, presumo, são exatamente o que deveriam ser. No entanto, talvez seja necessário que passem pelo processo de serem examinados cuidadosa e criticamente. Se nenhum erro for encontrado neles, receberão a atenção e a recomendação devida a tal classe de trabalho. Você está dando fortes golpes contra a tradição e os erros que formam a base de uma heresia que destruirá a vida daqueles que a aceitarem. Uma porta larga para a destruição está aberta para todos aqueles que acreditarem na imortalidade da alma e não crerem que unicamente Cristo traz vida e imortalidade à luz. Creio que o livro que você escreveu será positivo para iluminar a muitos que vivem em trevas. Entretanto, por todos esses motivos, meu irmão, certamente pode perceber que barreiras devem ser erigidas em nossas casas publicadoras em relação às publicações. Conforme vê, se nenhuma medida for tomada para delimitar essa linha de trabalho, produções muito singulares serão lançadas com o endosso de nossos escritórios de publicações. [...] OP 104 1 Não pense que aprovo a ação recente da Associação Geral, sobre a qual você escreveu; mas em relação a essa questão, o correto é que eu fale diretamente com eles. Enfrentam muitas dificuldades e, se erram em suas ações, o Senhor sabe de tudo e pode anular tudo para o bem daqueles que confiam nEle. Compadeço-me de suas dificuldades e perplexidades, mas devo adverti-lo a esperar, esperar pacientemente. A demora pode parecer-lhe muito entediante, e aparentemente causar-lhe prejuízos pessoais, mas por favor não fique com essa impressão. Se você colocar a sua confiança em Deus, e esperar pacientemente um pouco mais, creio que tudo se ajustará satisfatoriamente. [...] Talvez tenha que esperar um pouco para o ajuste das questões que o aborrecem, mas não se deixe cair em tentações piores por meio de ardentes queixas, ou buscando obter alívio por quaisquer meios contrários à vontade de Deus. OP 104 2 Você fala da humilhação que sente por ter que esperar pela aprovação de seu livro pela comissão. Algumas coisas aconteceram recentemente que aumentou ainda mais a cautela da comissão editorial. Vantagens foram tiradas da obra de publicações que prejudicaram os escritórios e continuarão a prejudicá-los devido à grande dívida gerada por meio da publicação de materiais que nunca passaram pela comissão editorial para a sua aprovação, e que apenas chegou ao seu conhecimento no momento em que o escritório acumulou uma dívida no valor de 5.000 dólares. -- Carta 49, 1894. OP 104 3 Profunda análise de todos os escritos -- O Senhor não inspirou a produção de algumas das declarações que foram apresentadas nesse livro Living Temple. Ele nos deu a Sua Palavra, e essa Palavra deve ser o nosso conselheiro. Parece-me muito estranho que homens que têm trabalhado na obra por tanto tempo não sejam capazes de discernir o caráter desse livro. Utilizaram-se vários trechos das Escrituras, mas foram entremeados e organizados de tal forma que para muitas mentes o erro aparenta ser verdade. Teorias errôneas são apresentadas de maneira que aqueles que as receberem certamente serão enganados e influenciados passo a passo pelo inimigo. OP 104 4 Se houve um tempo em que os escritos de todos aqueles ligados ao nosso trabalho tiveram que ser profundamente analisados, esse tempo é agora. O Senhor mostrou-me que a Sua Palavra deve ser estudada, e como nenhuma descrição como as apresentadas no livro Living Temple aparecem na Palavra, devemos rejeitá-las. Devemos aceitar a Palavra da forma como Deus a concedeu a nós. Se Cristo tivesse julgado essencial que tais teorias fossem apresentadas a mentes humanas, Ele as teria incluído em Seus ensinos. Como nosso Proprietário e Redentor, Ele colocou em Sua Palavra todas as instruções necessárias para a nossa salvação. -- Manuscrito 127, 1905. ------------------------Capítulo 22 -- A comissão editorial OP 105 1 Seleção dos membros da comissão editorial -- Grande cuidado deve ser exercido na escolha dos membros da comissão editorial. As pessoas escolhidas para julgar os livros oferecidos para publicação devem ser poucas e bem escolhidas. Somente os que tiveram experiência como autores estão capacitados para atuar nesse sentido. Devem ser escolhidos apenas aqueles cujo coração está sob o controle do Espírito de Deus. Devem ser homens de oração, que não se exaltem, mas amem e temam a Deus, e respeitem os irmãos na fé. Apenas os que, não confiando em si mesmos são guiados pela sabedoria divina, estão capacitados para desempenhar essa importante função. -- Testemunhos para a Igreja 7:160. OP 105 2 Homens experientes no servir -- Nas mãos de homens têm sido colocados manuscritos para serem submetidos à crítica, quando os olhos do seu entendimento estavam tão cegados que eles não podiam discernir a importância espiritual do assunto de que estavam tratando. Mais do que isso, não tinham verdadeira noção de confecção de livros. Nem tinham estudo nem prática no ramo das produções literárias. Homens se têm transformado em juízes de livros e manuscritos nesciamente colocados em suas mãos quando deveriam ter recusado tal incumbência. Ter-lhes-ia sido honesto apenas dizer: "Nunca tive experiência neste ramo de trabalho, e certamente cometeria uma injustiça para comigo mesmo e para com os demais, se desse minha opinião. Desculpem-me, irmãos; em vez de instruir aos outros, necessito de que alguém me ensine." Mas isso estava longe de sua cogitação. Exprimiam-se livremente sobre assuntos de que nada sabiam. Algumas conclusões têm sido aceitas como sendo a opinião de homens sábios, quando eram simplesmente opinião de neófitos. -- Manuscrito 14, 1896. OP 105 3 Conselho para a comissão editorial -- Tenho algumas coisas para dizer em relação à produção de livros. Há perigos que a nossa comissão editorial precisa antever. Homens que atuam no serviço de Deus devem ser admoestados a não usarem o fogo comum em vez do sagrado. Devem vigiar e orar, e cuidar para que o seu coração esteja sob o controle do Espírito de Deus. Se, como Daniel, forem homens de oração fervorosa, cuidarão de suas palavras e procedimento. Não se exaltarão, mas amarão e temerão a Deus, e respeitarão seus irmãos. Rogarão pela graça para manterem-se fiéis, verdadeiros e não contaminados com o egoísmo em sua ligação com o trabalho de Deus. Nenhuma negligência será observada, nenhuma reclamação ouvida, nenhum ato de injustiça será cometido contra qualquer homem usado por Deus em Sua obra. [...] OP 106 1 Os homens que são colocados na posição de julgar se os livros são adequados para ser publicados devem ser poucos e bem escolhidos. Homens que nunca escreveram um livro, ou não possuem experiência nesse ramo, não podem supor ter percepções claras sobre essas questões e jamais deveriam ser escolhidos para fazer parte de uma comissão para julgar ou avaliar o valor de um livro. Podem falar desse assunto como se fossem capazes de julgar, mas são ignorantes quanto ao assunto colocado diante deles. [...] OP 106 2 Muitos livros têm sido publicados, não para a glória de Deus, mas simplesmente pelo desejo dos autores de lançarem um livro. Os homens têm considerado ser um direito seu colocar livros em circulação que não atendem a uma necessidade, mas a fim de que possam lucrar um pouco. Outras pessoas sentem que suas produções são necessárias e ofendem-se profundamente quando não são reconhecidas como autores. [...] OP 106 3 O Senhor possui homens de julgamento genuíno em ligação com a Sua obra, de outra maneira o mundo estaria submerso numa classe de literatura que seria melhor que não existisse. Seu povo precisa aprender a agir com justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente com o Seu Deus. -- Carta 208, 1899. ------------------------Capítulo 23 -- A remuneração do autor OP 107 1 O capital dos trabalhadores intelectuais -- Trabalhadores intelectuais possuem um capital concedido por Deus. O resultado de seu estudo pertence a Deus e não ao homem. Se o obreiro dedicar fielmente a seu empregador o tempo pelo qual é pago, então este não possui posteriores reclamos sobre ele. E se por diligente e estrita economia de tempo ele conseguir preparar outra matéria útil à publicação, é seu direito usá-la da melhor maneira que achar para servir à causa de Deus. Se ele abrir mão de tudo, menos de um pequeno direito autoral, já prestou um bom serviço para aqueles que serão beneficiados com o livro e não lhe deveria ser pedido fazer mais ainda. -- Testemunhos para a Igreja 5:563 (1889). OP 107 2 Direito autoral -- Deus deseja Se relacionar diretamente com as pessoas. Em Suas ligações com os seres humanos, Ele reconhece o princípio da responsabilidade pessoal. Procura encorajar um senso de dependência pessoal e destacar a necessidade de orientação pessoal. Seus dons são outorgados aos homens como indivíduos. Cada homem é um mordomo da confiança sagrada; usando-a de acordo com a direção do Doador; e prestando contas individualmente de sua mordomia a Deus. [...] OP 107 3 Em nosso relacionamento de uns com os outros, Deus espera que cuidadosamente conservemos o princípio da responsabilidade pessoal conjugada com a dependência dEle. Esse é um princípio que deve ser observado especialmente pelas nossas casas publicadoras ao negociar com os autores. OP 107 4 A insistência de alguns é no sentido de que os autores não tenham remuneração ou direito autoral de seus próprios trabalhos; que eles devem doar esses direitos para a casa publicadora ou a Associação; e que, além da despesa envolvida na produção do manuscrito, não devem participar dos lucros; devem deixar para que a Associação ou a casa publicadora seja proprietária e, ao seu julgamento direto, sejam usados para várias necessidades da obra. Com isso, a remuneração do autor pela sua obra seria totalmente transferida dele para outros. OP 108 1 Responsabilidade para com Deus -- Mas não é assim que Deus considera o assunto. A habilidade para escrever um livro é, como qualquer outro talento, um dom dEle, para o aperfeiçoamento do qual o possuidor é responsável diante de Deus; e ele deve investir o retorno sob Sua direção. Conservemos em mente que isso não é nossa propriedade particular confiada a nós para investimento. Se fosse, poderíamos dela dispor com poder arbitrário, poderíamos transferir nossa responsabilidade para os outros, e deixar nossa mordomia com eles. Entretanto, não pode acontecer assim, porque o Senhor nos fez individualmente Seus mordomos. Somos, portanto, responsáveis por investir esses meios por nós mesmos. Nosso coração deve ser santificado; nossas mãos devem ter alguma coisa para distribuir, quando há necessidade, tudo isso a partir do que Deus nos confiou. OP 108 2 Se fosse correto e razoável a Associação ou a casa publicadora assumir o controle do que um irmão recebe por suas casas ou terras também ela poderia se apropriar daquilo que resulta do trabalho de seu cérebro. OP 108 3 Produções feitas no tempo vago do escritor -- Não há justiça na alegação de que o obreiro na casa publicadora recebe salário pelo seu trabalho, então as forças de seu corpo, da sua mente e alma, tudo pertence à instituição, e que tem direito sobre todos os resultados de seus escritos. Fora do período de trabalho na instituição, o tempo do obreiro está sob seu controle, para usá-lo como quiser, desde que isso não entre em conflito com os seus deveres para com a instituição. Pelo que produzir nessas horas, ele é responsável diante da sua consciência e diante de Deus. OP 108 4 Não há nada mais desonroso que possa ser apresentado a Deus do que um homem subjugar debaixo de seu absoluto controle os talentos de outro homem. O mal não é diminuído pelo fato de os lucros da transação serem destinados à causa de Deus. Nessa situação, o homem que permite que sua mente seja governada pela mente de outro está se separando de Deus e se expondo à tentação. Ao transferir a responsabilidade de sua mordomia para outra pessoa, de depender de sua sabedoria, ele está colocando o homem no lugar de Deus. Aqueles que estão pensando em transferir essa responsabilidade estão cegos em relação aos resultados de sua decisão; mas Deus deixou isso bem claro diante de nós. Ele disse: "Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne mortal o seu braço". Jeremias 17:5. OP 108 5 Uma parte justa dos lucros -- Que os autores não sejam constrangidos a abrir mão nem a vender seus direitos sobre os livros que escreveram. Que eles recebam a parte que lhes compete dos lucros de sua obra; e tenham a liberdade para considerar seus recursos como um depósito de Deus para ser administrado de acordo com a sabedoria que Ele comunica. -- Testemunhos para a Igreja 7:176-178 (1902). OP 109 1 Uma quantia justa para os autores -- As editoras devem receber a sua parte do lucro dos livros publicados. Isso deve ser proporcional ao trabalho que tiveram para divulgar, etc. Mas os publicadores devem ter cuidado em não alegar que eles são os que tiveram a maior quantidade de trabalho ao preparar esses livros para o mercado. Permitam que os autores recebam uma quantia justa por seu trabalho, uma vez que eles não devem vender os direitos autorais para nenhuma instituição. Isso não será uma bênção para a instituição. -- Special Instruction Regarding Royalties, 13 (1899). OP 109 2 Diferenciar os livros -- Recebi a sua declaração em relação aos direitos autorais de livros. [...] OP 109 3 Há, e sempre haverá, uma quantidade de livros publicados, se for concedida uma volumosa remuneração para os autores. Os pequenos livros de história não representam um penoso trabalho para os autores, nem são esses livros de necessidade vital para o mundo. Uma diferença deve ser feita entre os livros escritos. Não podem ser classificados da mesma forma. -- Special Instruction Regarding Royalties, 3, 4. OP 109 4 Usar o talento de escrever para abençoar a causa -- Que os homens e mulheres que carregam o fardo de produzir livros trabalhem para abençoar a causa de Deus através da escrita. Que trabalhem, e se tiverem algum rendimento com seu trabalho, que usem esse rendimento para cumprir a sua parte em erguer o estandarte da verdade onde Deus os guiar. Que busquem o conselho de Deus. Que creiam na promessa de Cristo de que Ele enviará o Consolador para ensiná-los em todas as coisas e trazer todas as coisas à memória. -- Special Instruction Regarding Royalties, 18 (1899). ------------------------Capítulo 24 -- Ilustrando nossa literatura OP 110 1 Propósito das ilustrações -- O Senhor deseja que Seu povo proceda compreensiva e inteligentemente. Não devem ocasionar grandes gastos; entretanto, tudo deve ser realizado em perfeita ordem. Nossos livros devem ser encadernados com capas boas e duráveis. A costura deve ser firme e resistente. Isso devia ocorrer sempre. Deve-se exercer cuidado em matéria de ilustração. Não se deve investir muito dinheiro nesta atividade. Quando as ilustrações encerram lições que orientam o estudo do próprio livro, está bem. Quando, porém, as gravuras chamam a atenção para si mesmas e competem com a verdade contida no livro, o esforço de melhorar o livro pelas ilustrações é anulado. -- Carta 75, 1900. OP 110 2 Bom gosto na escolha -- As figuras/quadros que representam cenas bíblicas não devem ser desenhos mal-acabados. A verdadeira ciência de todas as espécies é distinção e poder. Aquele que, por diligente esforço, sobe, degrau por degrau, a escada do progresso humano, tem de fixar seus olhos nAquele que está acima da escada. O conhecimento que Deus comunica não é de índole a depreciar nossas ideias sobre as coisas sagradas. A glória de Deus tem de ser mantida diante dos olhos do espírito, não as representações ordinárias e terrenas que imprimem na memória cenas que dão uma falsa concepção de Cristo e das coisas celestiais. A devida representação de cenas bíblicas requer talento de superior qualidade. Com essas produções ordinárias e comuns, as lições sagradas da Bíblia prescindem de comparações. [...] Proíba Deus que agrademos ao diabo abaixando as normas da verdade eterna mediante o emprego de ilustrações que serão ridicularizadas por homens, mulheres e crianças. -- Manuscrito 23, 1896. OP 110 3 Tentação de ilustrar em excesso -- Sinto-me muito preocupada em relação a algumas coisas que me oprimem o espírito. Escrevi algo a respeito do preparo das ilustrações, especialmente para nossos livros. O grande investimento de recursos para esse propósito tem sido evidentemente errado. Não são as ilustrações que devem constituir o tema principal a ser apresentado ao povo. É a verdade, a matéria substancial de que as pessoas necessitam. A obra de ilustrar é uma constante tentação de empatar dinheiro. Aqueles que realmente necessitam dos livros e os apreciam não podem obtê-los devido ao seu elevado preço [...] OP 111 1 Não aceitemos as tentações que virão sobre nós, com força peculiar, para editar livros que envolvem grande investimento de dinheiro. O Senhor não aprova isso. Os milhares de dólares gastos em ilustrações poderiam ser investidos na publicação de livros e no barateamento de sua vendagem. Quando os ministros frequentam reuniões campais, devem ter o privilégio de levar esses livros consigo, e vendê-los ao preço mais barato possível. Com o dinheiro que recebem, da diferença do que os livros lhes custaram, poderão comprar livros para oferecer àqueles de nosso povo que não têm condições de comprá-los, ou aos incrédulos que, dessa forma, podem ser levados ao conhecimento da verdade. [...] OP 111 2 É demasiado tarde, e completamente fora de propósito, para depender de custosas capas de um livro, ou de profusas ilustrações, para sua vendagem. [...] Os livros de que o povo precisa devem ser editados livres de qualquer ostentação. A economia de milhares de dólares gastos em ilustrações tornaria possível que os livros fossem vendidos a um preço que facilitaria a muitos obtê-los. O Senhor não inspirou esse entusiasmo. É uma parte da obra que se desviou da simplicidade da fé, que deve caracterizar os adventistas do sétimo dia como a geração escolhida, um povo peculiar, zeloso de boas obras. Colportores e artistas têm influenciado muito na decisão dessa questão das ilustrações. OP 111 3 Fiquei surpresa quando o custo excessivo motivado pelas ilustrações foi apresentado diante de mim. -- Carta 133, 1899. OP 111 4 Excesso de ilustrações -- Foi-me mostrado que a abundância de ilustrações feitas para os nossos periódicos e livros está se tornando uma ambição não santificada; e os perigos de rivalidade estão atingindo um grau alarmante. Os livros que enviamos ao mundo estão custando muito caro. O excesso de ilustrações custa tempo e dinheiro, e gera preocupações que podem e devem ser evitadas. O Senhor deseja que mantenhamos o olhar voltado unicamente para glória de Deus. Essa paixão cega pela abundância de ilustrações é contrária à ordem de Deus; essa é a tendência do mundo, e um forte golpe no povo de Deus no tempo presente. OP 111 5 Em cada linha de trabalho deve-se praticar a economia. Toda despesa desnecessária deve ser evitada, pois Deus está testando o Seu povo. Há missões a serem abertas em novos campos. Homens escolhidos por Deus serão erguidos para tomar o seu posto e lugar, e fazer soar a sublime mensagem de prova para este tempo. A Palavra do Senhor deve ser proclama ao povo. A trombeta deve dar o sonido certo. Trata-se de uma mensagem de vida ou morte, e não deve ser proclamada de modo duvidoso pelas sentinelas dos muros de Sião. -- Carta 147, 1899. OP 112 1 Com gosto e simplicidade -- A fim de alcançar os descrentes, uma ostentação exterior tem sido notada entre o nosso povo; mas essa exibição não alcançará o bem que pretende. Nossos livros estão sendo recheados de ilustrações dispendiosas e isso os torna caros demais para serem distribuídos, e custosos demais para serem adquiridos pelas pessoas que mais precisam deles. A questão da ilustração está sendo levada ao extremo. O dinheiro extra gasto com a capa de um livro, ou em figuras, não converterá ninguém à verdade que esse livro contém. Deus não aprova que tanto espaço seja ocupado por figuras. Grandes atrasos têm ocorrido na publicação de nossos trabalhos por aguardarmos as ilustrações -- atrasos que poderiam ser evitados e que têm retido das pessoas a verdade que já deveria estar em suas mãos. [...] OP 112 2 Nossos livros podem ser preparados com bom gosto, assim como todos livros devem ser; mas nossas casas publicadoras estão cometendo um erro ao se afastarem da simplicidade do evangelho. Estamos usando os meios do Senhor e devemos administrá-los com sabedoria. O retorno obtido pelas ilustrações não justifica tamanho desperdício. O rendimento não é proporcional ao tempo e aos meios gastos. -- Manuscrito 131, 1899. OP 112 3 Calcular o custo -- Homens têm fracassado em avaliar o custo da produção de livros que contêm verdades valiosas. Não conseguem descobrir se as ilustrações produzidas com a expectativa de aumentar as vendas absorveram todos os meios, limitando o poder de concluir o trabalho em outras linhas, trabalho que precisa ser feito imediatamente. Profunda análise deve ser feita com relação à influência desse trabalho sobre a igreja e o mundo. -- Carta 133, 1899. OP 113 4 É importante o esmero -- Não deveríamos investigar o assunto relacionado à profusa ilustração de nossos livros? Não teria a mente ideias mais claras e perfeitas acerca dos anjos, de Cristo e das coisas espirituais, se não houvesse quadros para procurar representar as coisas celestiais? Muitas das ilustrações que se empregam são grosseiramente falsas com respeito à verdade. Não dão lugar à falsidade esses quadros tão afastados da verdade? Queremos ser fiéis em todas nossas representações de Jesus Cristo. Mas muitas das pinturas malfeitas que aparecem em nossos livros e revistas dão uma idéia enganosa para o público. -- Carta 145, 1899. OP 113 1 Ilustrações apropriadas -- As ideias de muitos quanto às questões referentes à obra de Deus são de baixíssimo valor. Em relação à seleção de figuras para ilustrar temas sagrados, tem se demonstrado uma falta de sabedoria que Deus não pode aprovar. -- Carta 39, 1899. OP 113 2 Um exemplo de ilustração inadequada -- "A Arca em Meio ao Jordão": note os querubins em ambos os lados da arca. Que deturpação dos anjos celestiais vigiando com reverência o propiciatório, a cobertura da arca. Uma criança pode interpretar essa ilustração como sendo de um pássaro. Além disso, no momento em que a arca era removida do santuário, os querubins não mais eram expostos à vista. A arca sagrada, que representava Jeová em meio a Seu povo, estava sempre coberta para que nenhum olhar curioso repousasse sobre ela. Que ela fique sempre coberta. -- Carta 28a, 1897. OP 113 3 Nenhuma cena de horror -- Mantenham longe dos livros representações dos autos-de-fé, ilustrações católicas da perseguição e de execuções públicas. Já basta ler a respeito desses atos perversos, sem tentar colocar todos os terríveis detalhes diante dos olhos. -- Carta 28a, 1897. OP 113 4 Qualidade em vez de quantidade -- Estou preocupada com relação ao uso de figuras em nossas publicações. Alguns de nossos materiais parecem apresentá-las a todo momento. Algumas das gravuras utilizadas são de qualidade muito inferior, e ilustram inadequadamente o assunto representado. Espero que nossas publicações não se tornem semelhantes a almanaques cômicos. Não condeno totalmente o uso de figuras, mas que se usem menos, e apenas as que são boas ilustrações do assunto. Que as ilustrações sejam escolhidas mais pela qualidade do que pela quantidade. -- Carta 28a, 1897. OP 113 5 Ilustração inapropriada de periódicos -- Entristeci-me profundamente ao ver na primeira página da edição recente da Signs a gravura do local de nascimento de Shakespeare, acompanhada de uma artigo sobre ele. Que o Senhor tenha piedade de nosso discernimento se não tivermos alimento melhor do que esse para oferecer ao rebanho de Deus. Aflige-me grandemente ver aquelas pessoas em cargos de confiança, que diariamente deveriam obter rica experiência, colocar tal material perante o povo. OP 114 1 Eis que o tabernáculo de Deus está entre os homens, e Ele bondosamente desceu para habitar entre eles. Que eles percebam a iniquidade de exaltar homens como Shakespeare, chamando a atenção do povo para aqueles que não honraram a Deus em sua vida e nem representaram a Cristo. OP 114 2 Os homens que ocupam posições de responsabilidade na obra de Deus precisam ser renovados no espírito de sua mente. Ergam eles a voz contra a adoração de seres humanos, honrando somente Aquele que é digno de recebê-la. Os homens que preparam nossas revistas necessitam do toque divino. Necessitam da unção do Espírito Santo. OP 114 3 "Que significam estas coisas?" -- Senti pesar e tristeza ao olhar a ilustração da primeira página da Signs que fiz referência. "Que significam estas coisas?", perguntei a mim mesma. Minha mente ficou tão angustiada que meu corpo ficou doente. Recolhi-me às oito horas e dormi por um breve período de tempo, penso que cerca de uma hora. Em seguida, pareceu-me estar diante dos que ocupavam posições de responsabilidade na Pacific Press com uma mensagem para lhes transmitir. O Espírito de Deus veio sobre mim e não pude conter as palavras. Não consigo neste momento escrever tudo o que disse. Perguntei; "Onde está o seu discernimento espiritual ou seu bom julgamento para semear dessa forma o joio entre o trigo? Em nossa literatura não deve aparecer coisa alguma que não represente a verdade e a justiça." OP 114 4 Temos nos empenhado diligentemente para conduzir a mente dos jovens de Oakland para o caminho certo. Às vezes são severamente repreendidos por cederem ao amor aos prazeres, afastando-se dos caminhos aprovados pelo Céu. Mas o que posso dizer quando nossos periódicos rendem tais louvores a homens que não glorificaram a Deus em sua vida e caráter? Pensam vocês que tais ilustrações ajudarão a juventude a percorrer o caminho estreito da santidade? OP 114 5 Não vejo como ilustrações assim, ou como a apresentada na primeira página da edição recente da Review and Herald -- a figura de um relicário de idolatria -- pode servir de qualquer ajuda espiritual para o nosso povo. OP 114 6 Sinto-me intensamente desejosa de que cada palavra que é publicada por nosso povo reflita a luz que penetra as negras sombras de Satanás. Coloquem em nossos periódicos as experiências encorajadoras que revelam a bondade do amor de Deus ao lidar com Seu povo. Isso os fortalecerá e animará. Construam caminhos retos a fim de que o coxo deles não se desvie. Devemos clamar em alta voz e sem reservas. Alguns não prestarão atenção, mas outros se arrependerão e serão convertidos. OP 114 7 Foram-me apresentadas algumas coisas de grande importância, mas não tenho força para descrevê-las nesta manhã. Ao tentar escrever sobre elas, sobrevém-me tamanha intensidade de sentimentos que sou obrigada a parar. OP 115 1 É preciso visão espiritual -- Precisamos, ó quão intensamente, de discernimento apurado, de visão espiritual clara. Nossos olhos precisam ser ungidos com o colírio celestial para que possamos ver todas as coisas de maneira clara. As grandes e solenes verdades para este tempo devem ser proclamadas através de nossos periódicos. Devemos apresentar nesses periódicos todo poder espiritual que pudermos. OP 115 2 Nossa lição para o tempo presente é: Como podemos compreender mais claramente e apresentar o evangelho que Cristo veio revelar pessoalmente a João na ilha de Patmos -- o evangelho que é denominado "Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer". Apocalipse 1:1. "Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras [desta] profecia [...], pois o tempo está próximo". Apocalipse 1:3. OP 115 3 Temos que proclamar ao mundo as grandes e solenes verdades do Apocalipse. Essas verdades têm que modificar os próprios desígnios e princípios da igreja de Deus. [...] OP 115 4 Temos um trabalho da maior importância para realizar: proclamar a terceira mensagem angélica. Estamos diante das mais solenes questões que o homem já teve que enfrentar. Todos deverão compreender as verdades contidas nessas mensagens e demonstrá-las na vida diária, pois isso é essencial para a salvação. OP 115 5 Meus irmãos, não darão vocês ao rebanho de Deus pão, em vez de pedra? Jamais publiquem em nossos periódicos alguma palavra que rebaixe o padrão que Deus espera que Seu povo atinja. Não elogiem nenhum homem que não seja sábio o suficiente para escolher o Senhor Jesus Cristo -- a luz e a vida do mundo. A excelência de um homem é determinada pela posse que apresenta das virtudes de Cristo. Não desviemos o olhar de Cristo para seres humanos pecaminosos. A verdade deve ser mantida diante do povo. As normas de pureza, temperança e santidade devem ser destacadas. OP 115 6 É impossível predizer até que ponto a publicação de tais ilustrações e artigos pode influenciar. Os periódicos fariam muito mais bem se menos espaço fosse destinado às ilustrações. OP 115 7 Fui instruída a dizer que você poderia estar fornecendo uma descrição entusiasmada de Satanás. Poderia você estar apontando para sua inteligência e poder. Poderia você estar atraindo a atenção dos leitores da Signs com esse assunto. Mas sabemos que não seria correto fazer isso. OP 116 1 Desejo colocar esta questão diante de vocês assim que possível, porém, não posso despender tempo para escrever plenamente sobre o assunto. Fui instruída a dizer que vocês desonraram a Deus. Não tiveram intenção de desonrá-Lo, mas o fizeram. -- Carta 106, 1902. ------------------------Capítulo 25 -- As publicações na finalização da obra OP 117 1 O fim de todas as coisas está às portas -- A grande e maravilhosa obra da última mensagem angélica deve ser levada avante agora como nunca antes. O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. Nossas publicações devem mostrar que o fim de todas as coisas está às portas. Foi-me pedido que eu transmitisse às nossas casas editoras: "Ergam o estandarte. Ergam-no mais alto. Proclamem a terceira mensagem angélica, a fim de que ela seja ouvida por todo o mundo. Façam ver que 'aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus'. Apocalipse 14:12. Que nossas publicações proclamem a mensagem, como um testemunho para todo o mundo." OP 117 2 Nossos obreiros devem agora ser animados a dar a sua primeira atenção a livros que tratem das evidências de nossa fé -- livros que ensinem as doutrinas da Bíblia e preparem o povo que há de ficar em pé nos tempos difíceis que estão diante de nós. -- Testemunhos para a Igreja 9:61 (1909). OP 117 3 Iluminando a Terra -- É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. -- Testemunhos para a Igreja 7:140 (1902). OP 117 4 Objetivos específicos para nossas publicações -- Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. Teve por desígnio o preenchimento de um propósito definido. Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas casas publicadoras se encontram entre os mais eficientes instrumentos. [...] OP 118 1 Mensagens impressionantes -- As publicações expedidas de nossas editoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. Através de todo o mundo, devem elas fazer a mesma obra feita por João Batista em relação à nação judaica. Mediante comovedoras mensagens de advertência, o profeta de Deus despertou das fantasias mundanas os homens. Por meio dele, o Israel apostatado foi chamado por Deus ao arrependimento. Por suas apresentações da verdade expunha ele os enganos populares. Em contraste com as falsas teorias de seu tempo, a verdade contida em seus ensinos se destacava como uma certeza eterna. "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus", era a mensagem de João. Mateus 3:2. Essa mesma mensagem, por meio de publicações de nossas casas editoras, deve ser proclamada ao mundo hoje. A profecia cumprida pela missão de João esboça a nossa obra: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai as Suas veredas". Mateus 3:3. Assim como João preparou o caminho para o primeiro advento de Cristo, devemos nós prepará-lo para o segundo advento do Salvador. OP 118 2 Exaltar o sábado -- Nossos estabelecimentos de publicações devem exaltar as reivindicações da desprezada lei de Deus. Enfrentando o mundo como reformadores, devem mostrar que a lei de Deus é a base de toda reforma duradoura. Em termos claros e distintos, devem apresentar a necessidade da obediência a todos os Seus mandamentos. Constrangidos pelo amor de Cristo, devem com Ele cooperar na edificação dos lugares antigamente assolados, levantando os fundamentos de muitas gerações. Devem ser reparadores das roturas, restauradores das veredas para morar. Por seu testemunho deve o sábado do quarto mandamento ser apresentado como uma testemunha: um constante memorial de Deus, para atrair a atenção e despertar perguntas que dirijam o espírito dós homens para seu Criador. OP 118 3 Anunciar as três mensagens angélicas -- Não se pode esquecer jamais que essas instituições devem cooperar com o ministério dos representantes do Céu. Acham-se entre os agentes representados pelo anjo voando "pelo meio do Céu", que "tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo". Apocalipse 14:6, 7. OP 118 4 Deles deve partir a terrível denúncia: "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição". Apocalipse 14:8. OP 119 1 São representados pelo terceiro anjo que se seguiu, "dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus". Apocalipse 14:9, 10. -- Testemunhos para a Igreja 7:138-140 (1902). OP 119 2 Fortalecendo cada ponto de apoio -- A obra da colportagem será o meio de dar rapidamente a sagrada luz da verdade presente ao mundo. As publicações que saem de nossos prelos devem ser de tal caráter que fortaleçam cada ponto de apoio da fé que foi estabelecida pela Palavra de Deus e pela revelação de Seu Espírito. -- Testemunhos para a Igreja 9:69 (1909). OP 119 3 O poder da imprensa -- A imprensa é um poder nas mãos dos homens que sentem a verdade a arder no altar de seu coração, e que têm em favor de Deus um zelo inteligente, equilibrado com um juízo são. A pena, mergulhada na fonte da verdade pura, pode enviar raios de luz aos cantos escuros da Terra, que refletirão os raios, acrescentando-lhes novo poder, e aumentando a luz, para ser disseminada por toda parte. OP 119 4 Foi-me mostrado que as publicações já têm operado sobre alguns espíritos em outros países, quebrando as paredes dos preconceitos e da superstição. Foram-me apresentados homens e mulheres estudando com vivo interesse revistas e algumas páginas de folhetos que tratavam da verdade presente. Eles liam as evidências tão maravilhosas e novas para eles, e abriam a Bíblia com novo e profundo interesse, à medida que pontos da verdade, que antes lhes eram obscuros, se tornavam claros, especialmente a luz sobre o sábado do quarto mandamento. Ao pesquisarem as Escrituras para ver se essas coisas eram assim, nova luz brilhava em seu entendimento, pois anjos vinham até eles, impressionando-lhes o espírito com as verdades contidas nas publicações que acabavam de ler. OP 119 5 Colheita de almas preciosas -- Vi-os segurando com uma das mãos revistas e folhetos, e tendo na outra a Bíblia, enquanto seu rosto estava banhado de lágrimas; e curvando-se perante Deus em oração fervorosa e humilde, suplicando que os guiasse em toda a verdade -- exatamente o que Ele estivera a fazer antes que O invocassem. E quando a verdade era recebida em seu coração, e lhe viam a harmoniosa relação entre suas partes, a Bíblia lhes parecia como um novo livro; apertavam-na de encontro ao coração numa grata alegria, ao mesmo tempo que sua fisionomia se iluminava de felicidade e satisfação. Esses não se satisfaziam de fruírem sozinhos a luz, e punham-se a trabalhar em benefício de outros. Alguns faziam grandes sacrifícios por amor da verdade, e para auxiliar os irmãos que se achavam em trevas. -- Life Sketches of Ellen G. White, 214, 215 (1915). OP 120 1 Semente para a colheita do pentecostes -- Em breve fará Deus grandes coisas por nós, se nos achegarmos humildes e confiantes aos Seus pés. [...] Mais de mil se converterão brevemente em um dia, a maioria dos quais reconhecerá haver sido primeiramente convencida através da leitura de nossas publicações. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1885. ------------------------Só para Jovens PH 3 1 Apresentação PH 10 1 Capítulo 1 -- Escolha da leitura PH 13 1 Capítulo 2 -- A melhor opção PH 16 1 Capítulo 3 -- Alimento para a mente PH 19 2 Capítulo 4 -- O livro mais interessante PH 21 1 Capítulo 5 -- Coração protegido PH 22 3 Capítulo 6 -- Construindo um caráter cristão PH 25 1 Capítulo 7 -- O efeito da ficção PH 26 1 Capítulo 8 -- A música PH 27 4 Capítulo 9 -- Altos objetivos PH 29 2 Capítulo 10 -- Uso errado da música PH 32 1 Capítulo 11 -- Religião x aparência pessoal PH 35 1 Capítulo 12 -- O vestuário e o caráter PH 36 2 Capítulo 13 -- Escolhendo a melhor roupa PH 38 3 Capítulo 14 -- Influência do vestuário PH 39 1 Capítulo 15 -- A beleza interior PH 42 2 Capítulo 16 -- Um caso de idolatria PH 43 2 Capítulo 17 -- O verdadeiro adorno PH 46 1 Capítulo 18 -- O valor da recreação PH 49 1 Capítulo 19 -- O caminho da sabedoria PH 52 2 Capítulo 20 -- Palavras de conselho PH 54 1 Capítulo 21 -- Diversões perigosas PH 58 3 Capítulo 22 -- O que não fazer PH 61 1 Capítulo 23 -- O prejuízo PH 61 4 Capítulo 24 -- Alegria na religião PH 63 2 Capítulo 25 -- Recreação cristã PH 65 1 Capítulo 26 -- Atividades sociais PH 69 1 Capítulo 27 -- Como passar os feriados PH 70 4 Capítulo 28 -- Uma alternativa às sociedades literárias PH 74 1 Capítulo 29 -- A dança PH 78 1 Capítulo 30 -- Sociabilidade objetiva PH 79 4 Capítulo 31 -- Intercâmbio amigável PH 81 2 Capítulo 32 -- Princípios de orientação PH 84 3 Capítulo 33 -- Bênção ou maldição PH 88 3 Capítulo 34 -- A influência PH 90 2 Capítulo 35 -- Fazendo escolhas PH 91 1 Capítulo 36 -- A regra de ouro PH 92 1 Capítulo 37 -- Alta qualidade PH 93 2 Capítulo 38 -- As más companhias PH 95 2 Capítulo 39 -- Nível elevado PH 98 1 Capítulo 40 -- Tentação PH 100 2 Capítulo 41 -- Visitantes descrentes PH 103 1 Capítulo 42 -- Amor verdadeiro PH 104 2 Capítulo 43 -- O que evitar no namoro PH 106 2 Capítulo 44 -- Escolhendo a pessoa para toda a vida PH 109 1 Capítulo 45 -- Atitude honrada PH 116 1 Capítulo 46 -- Casamento prematuro PH 117 1 Capítulo 47 -- Estratégias de Satanás PH 119 2 Capítulo 48 -- A felicidade como objetivo PH 123 1 Capítulo 49 -- Responsabilidades do casamento PH 124 1 Capítulo 50 -- Bom senso e domínio próprio PH 125 3 Capítulo 51 -- O exemplo de Isaque PH 129 1 Capítulo 52 -- Segurança através da oração PH 130 2 Capítulo 53 -- Oração sincera é atendida PH 132 1 Capítulo 54 -- Nossa atitude em oração PH 133 1 Capítulo 55 -- Fé e oração PH 134 1 Capítulo 56 -- Cabeça boa PH 137 4 Capítulo 57 -- Tarefa individual PH 138 2 Capítulo 58 -- Estudando a Bíblia PH 141 1 Capítulo 59 -- Recompensas PH 141 4 Capítulo 60 -- A melhor filosofia de vida PH 143 2 Capítulo 61 -- Comportamento na igreja PH 145 3 Capítulo 62 -- Uma firme esperança ------------------------Apresentação PH 3 1 Só para Jovens é uma seleção de seis seções do livro Mensagens aos Jovens, nas quais Ellen G. White oferece instruções mais específicas para os jovens: 9, 12, 13, 14, 15 e 8. PH 3 2 A linguagem foi atualizada para tornar o texto mais agradável e de melhor compreensão. O pronome de tratamento é a terceira pessoa, já que a segunda pessoa do plural se acha praticamente em desuso no Brasil. PH 3 3 Para combinar com este tratamento, foi utilizada uma versão bíblica moderna: A Nova Tradução na Linguagem de Hoje. PH 3 4 No final foi acrescentado um Guia de Estudos para que o livro também possa ser utilizado como base para diálogos e estudos em pequenos grupos de jovens. PH 3 5 Se você é jovem, na idade ou no espírito, este livro é para você. ------------------------Capítulo 1 -- Escolha da leitura PH 10 1 Educação nada mais é do que um preparo das faculdades físicas, intelectuais e espirituais para o melhor cumprimento de todos os deveres da vida. A capacidade de resistência e a força e atividade do cérebro são diminuídas ou aumentadas pela maneira como são empregadas. A mente deve ser disciplinada de modo que todas as suas faculdades sejam simetricamente desenvolvidas. PH 10 2 Muitos jovens são ávidos pela leitura de livros. Desejam ler tudo que encontram pela frente. Eles devem ter cuidado com o que lêem, bem como com o que ouvem. Fui instruída de que eles se encontram em maior perigo de ser influenciados pela leitura imprópria. Satanás tem mil maneiras de perturbar a mente dos jovens. Não podem seguramente estar distraídos nenhum momento sequer. Devem proteger a mente, para que não sejam seduzidos pelas tentações do inimigo. Influência da leitura nociva PH 10 3 Satanás sabe que a mente é afetada em alto grau por aquilo de que se alimenta. Ele está tentando induzir tanto os jovens como os adultos a ler romances, contos e literatura semelhante. Os leitores de tais textos se tornam incapazes para os deveres que se acham diante deles. Vivem uma vida irreal e não sentem desejo de buscar as Escrituras, para alimentar-se do maná espiritual. A mente que precisa se fortalecer é enfraquecida, e perde a capacidade de estudar as grandes verdades relacionadas com a missão e obra de Cristo -- verdades que fortificariam a mente, despertariam a imaginação e criariam um forte e fervoroso desejo de vencer como Cristo venceu. Inimigos da espiritualidade PH 10 4 Se fosse possível eliminar grande parte dos livros publicados, seria detida uma praga que está realizando uma obra terrível sobre a mente e o coração. Romances, contos banais e excitantes, e até mesmo os livros chamados de novelas religiosas -- obras nas quais o autor incorpora à história uma lição moral -- são uma desgraça para os leitores. Sentimentos religiosos podem estar entremeados em todo o livro de histórias, mas, na maioria dos casos, Satanás está apenas revestido das roupagens angélicas, as mais eficazes para enganar e seduzir. Ninguém está tão firme nos princípios corretos, ninguém está tão protegido da tentação, que esteja seguro lendo essas histórias. PH 11 1 Os leitores de ficção estão entregando-se a um mal que destrói a espiritualidade, ocultando a beleza da Página Sagrada. Isso cria uma agitação nociva, exalta a imaginação, incapacita a mente para a utilidade, afasta a pessoa da oração e a desqualifica para qualquer exercício espiritual. PH 11 2 Deus dotou muitos de nossos jovens com aptidões superiores; mas com muita freqüência eles têm enfraquecido sua capacidade, perturbado e debilitado a mente, de modo que por anos não têm crescido na graça ou no conhecimento das razões de nossa fé, por causa de sua escolha insensata de leitura. Aqueles que estão aguardando a breve volta de Jesus, esperando aquela maravilhosa transformação, quando "isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade" (1 Coríntios 15:54), devem, neste tempo de graça, permanecer num plano mais elevado de ação. PH 11 3 Meu querido amigo jovem, pergunte à sua própria experiência quanto à influência de histórias excitantes. Você pode, depois de tal leitura, abrir a Bíblia e ler com interesse as palavras de vida? Não vai achar o Livro de Deus desinteressante? O encantamento daquela história de amor domina a mente, destruindo a imaginação saudável, e tornando-lhe impossível fixar a atenção nas verdades importantes e solenes que dizem respeito ao seu bem-estar eterno. PH 11 4 Decididamente, abandone toda leitura inútil. Isso não fortalecerá sua espiritualidade, mas introduzirá na mente sentimentos que pervertem a imaginação, levando-o a pensar menos em Jesus e a demorar-se menos em Suas preciosas lições. Mantenha a mente livre de tudo que poderia conduzi-la a uma direção errada. Não a sobrecarregue com histórias inúteis, que não transmitem força às faculdades mentais. Os pensamentos vão corresponder ao alimento provido para a mente. O livro dos livros PH 12 1 A natureza de uma experiência religiosa é revelada pelo tipo de livro que a pessoa escolhe para ler em seus momentos de lazer. Para ter mente saudável e firmes princípios religiosos, os jovens devem viver em comunhão com Deus, através de Sua Palavra. Indicando o caminho da salvação por meio de Cristo, a Bíblia é nosso guia para uma vida mais elevada e melhor. Ela contém as mais interessantes e instrutivas histórias e biografias que já foram escritas. Aqueles cuja imaginação não se tornou pervertida pela leitura de ficção acharão a Bíblia o mais interessante dos livros. PH 12 2 A Bíblia é o Livro dos livros. Se você ama a Palavra de Deus, buscando-a quando têm oportunidade, para que possua seus ricos tesouros e esteja perfeitamente preparado para toda boa obra, então pode estar certo de que Jesus o está atraindo a Si mesmo. Mas ler as Escrituras de forma casual, sem procurar compreender as lições de Cristo para que possa corresponder às Suas exigências, não é suficiente. Há tesouros na Palavra de Deus que só podem ser descobertos cavando fundo na mina da verdade. PH 12 3 A mente carnal rejeita a verdade; mas a pessoa que está convertida se submete a uma maravilhosa mudança. O livro que antes era sem atrativos porque revelava verdades que testificam contra o pecador se torna agora o alimento da espírito, a alegria e consolação da vida. O Sol da Justiça ilumina as páginas sagradas, e o Espírito Santo fala à pessoa através delas. ... PH 12 4 Quem tem cultivado o gosto pelas leituras fúteis, volte agora a atenção para a firme palavra da profecia. Tome a Bíblia, e comece a estudar com novo interesse os registros sagrados do Antigo e do Novo Testamentos. Quanto mais freqüente e diligentemente estudar a Bíblia, mais bela se tornará, e menos prazer você terá nas leituras fúteis. Ligue esse precioso Livro ao coração. Ele lhe será um amigo e guia. -- The Youth's Instructor, 9 de Outubro de 1902. ------------------------Capítulo 2 -- A melhor opção PH 13 1 Quando os efésios se converteram, mudaram seus hábitos e práticas. Sob a convicção do Espírito de Deus, agiram com prontidão e tornaram manifestos todos os mistérios de sua feitiçaria. Apresentaram-se e confessaram, mostrando suas ações, e se encheram de santa indignação por haverem prestado tal culto à magia, estimando tanto os livros nos quais as regras criadas por Satanás haviam estabelecido os métodos pelos quais podiam praticar a feitiçaria. Eles estavam decididos a desviar-se de servir ao maligno, e trouxeram seus livros caros e os queimaram publicamente. Assim, tornaram evidente sua sinceridade em volver-se para Deus. ... PH 13 2 Os livros que os efésios queimaram em sua conversão ao evangelho, antes lhes agradavam, e eles permitiam que esses livros lhes governassem a consciência e guiassem a mente. Eles poderiam tê-los vendido, mas, assim fazendo, o mal seria perpetuado. Posteriormente, eles abominaram os mistérios satânicos, as artes mágicas, considerando com aversão o conhecimento que obtiveram dos mesmos. Gostaria de perguntar a cada jovem que se uniu à verdade: Você já queimou seus livros de magia? Os modernos livros de magia PH 13 3 Não estou acusando ninguém do mal que prendia os efésios, nem afirmando que você tem praticado magia e se dedicado às artes de feitiçaria da mesma maneira que eles. Não estou dizendo que você tem seguido os mistérios da necromancia, ou mantido comunicação com espíritos maus. Mas não estaria você em comunhão com o autor de todo mal, com o idealizador de todos esses mistérios e artes diabólicas? Não estaria ouvindo as sugestões daquele que é o deus deste mundo, o príncipe das potestades do ar? Não se teria submetido a suas falsidades e se entregado como seu agente para realizar o que estava em harmonia com sua vida antes da conversão? Não se teria entregue para ser agente de Satanás e, num sentido mais amplo, não estaria mantendo comunicação com anjos caídos, e deles aprendendo lições na arte de enganar sua própria mente e a dos outros? PH 14 1 E o que dizer dos livros de magia? O que você tem lido ultimamente? Como tem empregado seu tempo? Tem procurado estudar as Sagradas Escrituras para que possa ouvir a voz de Deus falando através de Sua Palavra? O mundo está cheio de livros que espalham as sementes da incredulidade, infidelidade e ateísmo. Em maior ou menor grau, você pode estar aprendendo as lições desses livros de magia. Afastam Deus da mente e separam a pessoa do verdadeiro Pastor. Mente incapacitada para pensamentos nobres PH 14 2 Muitos livros que os jovens têm lido foram idealizados pelos agentes de Satanás para seduzir a mente com teorias elaboradas na sinagoga dele, para lhes mostrar como podem servir ao maligno com dignidade satânica. Quão numerosos são os livros de tendências infiéis, planejados para perturbar a mente através de dúvidas capciosas! Satanás tem soprado seu hálito venenoso sobre eles, e uma mortal malária espiritual afeta a pessoa que os lê. Quanta leitura de ficção há no mundo, para encher a mente com fantasias e loucuras, criando assim aversão às palavras de verdade e justiça! Desse modo, a mente fica incapacitada para ter pensamentos nobres, para paciente e perseverante estudo das Escrituras, que é o Livro-guia pelo qual todos devem ser dirigidos ao paraíso de Deus. PH 14 3 Muita coisa é escrita acerca de conquistar um tesouro terrestre, como se a riqueza deste mundo pudesse comprar um passaporte para o Céu. Quantos livros de história têm sido escritos, repletos de realizações ousadas e presunçosas de homens cuja vida não lança nem um pequenino raio de luz sobre o caminho que conduz ao país melhor! Livros que desencaminham PH 15 1 Quantos livros existem a respeito de guerras e derramamento de sangue, que desencaminham os jovens! Enquanto os lêem, Satanás permanece ao lado deles para inspirá-los com o espírito do guerreiro sobre o qual leram, o sangue se torna quente em suas veias e eles são incitados a cometer ações cruéis. Quão numerosos são os livros imorais, que induzem a desejos pecaminosos e que incitam as paixões do coração, desviando de tudo que é puro e santo! PH 15 2 Vocês têm livros de magia, nos quais muitas cenas e descrições foram inspiradas por aquele que foi uma vez um anjo exaltado nas cortes do Céu. ... Quebrando o encanto da feitiçaria de Satanás PH 15 3 Gostaria de perguntar: Não serão queimados os livros de magia? Na sinagoga de Satanás há lugares de atração em que a licenciosidade é promovida e alimentada; mas a testemunha ali está, e um visitante invisível testifica das ações praticadas nas trevas. Satanás reina nas reuniões dos tolos, orgulhosos e fanfarrões, e é o instigador principal das cenas de divertimentos. Lá está ele disfarçado. A feitiçaria está à nossa volta por toda a parte, e o mundo e a igreja estão sob a influência daquele que os levará a fazer coisas que nunca sonharam praticar. Se eles fossem informados das ações que realizarão, ficariam tão espantados quanto Hazael, quando o profeta lhe falou de sua futura conduta. ... PH 15 4 Todo homem, mulher e criança que não se encontra sob o controle do Espírito de Deus está sob a influência do encantamento de Satanás e, por suas palavras e exemplo, desviará outros do caminho da verdade. Quando a graça transformadora de Cristo estiver no coração, uma justa indignação tomará conta da alma por haver o pecador negligenciado por tanto tempo a grande salvação que Deus providenciou para ele. Então se entregará, corpo, alma e espírito a Deus e se afastará da companhia de Satanás, através da graça que lhe é concedida por Deus. Como os efésios, denunciará a feitiçaria e cortará o último laço que o prende a Satanás. Deixará a bandeira do príncipe das trevas, e se unirá à bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel. Queimará os livros de magia. -- The Youth's Instructor, 16 de Novembro de 1833. ------------------------Capítulo 3 -- Alimento para a mente PH 16 1 O que lerão nossos filhos? É uma questão séria e exige uma resposta séria. Estou preocupada em ver, em famílias cristãs, revistas e jornais contendo histórias seriadas, que não causam boa impressão à mente. Tenho observado aqueles cujo gosto pela ficção tem sido assim desenvolvido. Eles tiveram o privilégio de ouvir as verdades da Palavra de Deus, de tornar-se familiarizados com as razões de nossa fé; mas chegaram à maturidade destituídos de verdadeira piedade. PH 16 2 Esses queridos jovens necessitam muito colocar o melhor material na edificação de seu caráter -- o amor e o temor de Deus e o conhecimento de Cristo. Mas muitos não têm uma clara compreensão da verdade como é em Jesus. Sua mente se tem banqueteado com histórias sensacionalistas. Vivem num mundo irreal e tornam-se incapacitados para os deveres práticos da vida. Resultados de ler ficção PH 16 3 Tenho observado crianças a quem foi permitido avançar nessa direção. Quer em casa ou fora, elas ficam inquietas ou distraídas, e são incapazes de conversar, exceto sobre os assuntos mais comuns. As faculdades mais nobres, as que se adaptam às mais elevadas atividades, têm sido degradadas pela contemplação de assuntos triviais ou pior que triviais, até que seu possuidor se torne satisfeito com tais temas, mal podendo alcançar coisas mais elevadas. A conversação e os pensamentos religiosos têm-se tornado desagradáveis para eles. PH 17 1 O alimento mental que eles têm apreciado é contaminador em seus efeitos, e conduz a pensamentos impuros e sensuais. Sinto sincera pena por essas pessoas quando penso no quanto estão perdendo ao negligenciar oportunidades de obter conhecimento de Cristo, em quem estão colocadas nossas esperanças de vida eterna. Quanto tempo precioso é desperdiçado, no qual poderiam estar estudando o Modelo de verdadeira bondade! PH 17 2 Conheço pessoalmente alguns que perderam o tono saudável da mente por causa de hábitos errados de leitura. Passam a vida com uma imaginação doentia, ofendendo-se com pequenas coisas. Aquilo que não receberia atenção de uma mente saudável e equilibrada torna-se para eles prova insuportável, obstáculo intransponível. Para essas pessoas, a vida se acha constantemente envolta em sombras. PH 17 3 Os que têm se entregado ao hábito de envolver-se com histórias excitantes estão destruindo a força mental e se desqualificando para pensamentos ativos e pesquisas. Há homens e mulheres que se encontram agora no declínio da vida que nunca se recuperaram dos efeitos da leitura excessiva. PH 17 4 O hábito, formado no princípio da vida, com eles cresceu e se tornou forte; e em seus esforços para vencê-lo, embora decididos, têm conseguido apenas um sucesso parcial. Muitos nunca recuperaram o vigor original da mente. Todas as tentativas de se tornarem de fato cristãos terminam no desejo. Não podem ser verdadeiramente semelhantes a Cristo, enquanto continuarem a alimentar a mente com esse tipo de literatura. PH 17 5 O efeito físico não é menos desastroso. O sistema nervoso é sobrecarregado desnecessariamente por essa paixão pela leitura. Em alguns casos, jovens, e até mesmo os de mais idade, têm sido afligidos por paralisia, que não tem outra causa senão o excesso de leitura. A mente foi mantida sob constante excitação, até que o delicado mecanismo do cérebro se tornou tão enfraquecido que não pôde mais agir, resultando na paralisia. Embriaguez mental PH 18 1 Quando o apetite por histórias excitantes e sensacionalistas é cultivado, o gosto moral se torna pervertido, e a mente não fica satisfeita a menos que seja constantemente alimentada com esse alimento inútil e prejudicial. Tenho visto moças, professas seguidoras de Cristo, que se sentiam verdadeiramente infelizes, a menos que tivessem em mãos alguma nova novela ou conto. A mente anseia por estimulantes da mesma maneira como o bêbado deseja a bebida alcoólica. Essas moças não manifestavam espírito de devoção; nenhuma luz celeste foi espalhada entre suas companheiras para levá-las à fonte de conhecimento. Não tinham experiência religiosa profunda. Se esse tipo de leitura não estivesse constantemente diante delas, poderia ter havido alguma esperança de correção; mas elas a desejaram e a obtiveram. PH 18 2 Entristece-me ver jovens de ambos os sexos arruinando assim sua utilidade nesta vida, e deixando de obter uma experiência que os prepararia para uma vida eterna no Céu. Não podemos encontrar um termo mais apropriado para eles do que "embriagados mentais". PH 18 3 Os hábitos excessivos de leitura exercem seguramente uma influência tão prejudicial sobre o cérebro quanto o causa a intemperança no comer e beber. O melhor remédio PH 18 4 A melhor maneira de evitar o desenvolvimento do mal é ocupar primeiro o terreno. São necessários o máximo cuidado e vigilância no cultivo da mente e em nela semear as preciosas sementes da verdade bíblica. O Senhor, em Sua grande misericórdia, nos revelou nas Escrituras as regras do santo viver. ... PH 18 5 Ele inspirou homens santos a registrarem, para nosso benefício, instruções a respeito dos perigos que cercam o caminho, e como fugir deles. Os que obedecem à Sua recomendação de buscar as Escrituras não serão ignorantes quanto a essas coisas. Entre os perigos dos últimos dias, cada membro da igreja deveria compreender as razões de sua esperança e fé -- razões que não são de difícil compreensão. Há o suficiente para ocupar a mente, se crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 123-126 (1890). Primeiros passos no pecado PH 19 1 Um longo processo preparatório, desconhecido para o mundo, tem lugar no coração antes que o cristão cometa abertamente o pecado. A mente não desce de uma vez da pureza e santidade à depravação, corrupção e crime. Leva tempo para que os que foram formados à imagem de Deus se degradem ao estado animalesco ou satânico. Pelo contemplar, somos transformados. Ao alimentar pensamentos impuros, o homem pode educar a mente de tal modo que o pecado que uma vez lhe causava aversão se tornará agradável. -- Patriarcas e Profetas, 459. ------------------------Capítulo 4 -- O livro mais interessante PH 19 2 Tanto adultos como jovens negligenciam a Bíblia. Não fazem dela a base para seu estudo, a regra de sua vida. Especialmente os jovens são culpados dessa negligência. Muitos deles encontram tempo para ler outros livros, mas o livro que indica o caminho para a vida eterna não é estudado diariamente. Histórias inúteis são lidas com atenção, enquanto a Bíblia é negligenciada. Esse livro é nosso guia para uma vida mais elevada e mais santa. Os jovens a considerariam o livro mais interessante que já leram, se a imaginação não estivesse pervertida pela leitura de histórias fictícias. PH 20 1 As mentes jovens não conseguem atingir um desenvolvimento mais nobre quando negligenciam a mais elevada fonte de sabedoria -- a Palavra de Deus. O fato de estarmos no mundo de Deus, na presença do Criador, de termos sido feitos à Sua semelhança, o fato de que Ele nos guarda, nos ama e cuida de nós -- são maravilhosos temas para se pensar, e conduzem a mente a campos de meditação amplos e elevados. Aquele que abre a mente e o coração a temas como esses nunca se satisfará com assuntos triviais e sensacionalistas. PH 20 2 A importância de buscar um conhecimento completo das Escrituras dificilmente pode ser avaliada. "Inspirada por Deus", capaz de nos dar "a sabedoria que leva à salvação", tornando o servo de Deus "completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações" (2 Timóteo 3:15-17), a Bíblia tem o mais sagrado direito à nossa reverente atenção. Não devemos nos satisfazer com um conhecimento superficial, mas buscar aprender o significado completo das palavras de verdade, beber profundamente do espírito das Sagradas Escrituras. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 138, 139. O retrato do pecado PH 20 3 Seria melhor que os jovens nunca lessem livros sobre assuntos sensacionalistas, publicados e divulgados com o fim de ganhar dinheiro. Há uma fascinação satânica em tais livros. A revoltante relação de crimes e atrocidades tem um poder fascinante sobre muitos, estimulando-os a pensar no que podem fazer no sentido de obter fama, mesmo através de ações cruéis. As perversidades, crueldades, práticas imorais, retratadas em alguns desses escritos estritamente históricos têm agido como fermento em muitas mentes, induzindo-as a cometer atos semelhantes. PH 20 4 Livros que descrevem as práticas satânicas de seres humanos estão fazendo propaganda do mal. Não é necessário deter-se nesses pontos horríveis, e ninguém que acredita na verdade para este tempo deve ter participação em perpetuar a lembrança dos mesmos. Quando o intelecto é alimentado e estimulado por esse alimento depravado, os pensamentos se tornam impuros e sensuais. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 133, 134. ------------------------Capítulo 5 -- Coração protegido PH 21 1 "Guarda o teu coração", é o conselho do sábio; "porque dele procedem as fontes da vida". Como o homem "imagina em sua alma, assim ele é". Provérbios 4:23; 23:7 (VA, revista e atualizada. O coração deve ser renovado pela graça divina, ou será em vão buscar pureza de vida. Aquele que tenta formar um caráter nobre e virtuoso, independentemente da graça de Cristo, está construindo sua casa sobre areia movediça. Nas violentas tempestades da tentação certamente ela será derrubada. A oração de Davi deve ser a súplica de toda alma: "Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme." Salmos 51:10. E tendo-nos tornado participantes do dom celestial, devemos prosseguir até a perfeição, sendo "por meio da fé" "guardados pelo poder de Deus". 1 Pedro 1:5. PH 21 2 Contudo, temos uma obra a fazer para resistir à tentação. Quem não deseja ser presa das armadilhas de Satanás deve guardar bem as avenidas para o coração, evitando ler, ver ou ouvir qualquer coisa que sugira pensamentos impuros. A mente não deve ser deixada a divagar à toa em qualquer assunto que o inimigo possa sugerir. "Estejam prontos para agir", diz o apóstolo Pedro, "continuem alertas, ... e não deixem que a vida de vocês seja dominada por aqueles desejos que vocês tinham quando ainda eram ignorantes. Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo." 1 Pedro 1:13-15. Diz Paulo: "Encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, justo, puro, agradável e decente." Filipenses 4:8. Isso exigirá oração fervorosa e incessante vigiar. Devemos ser auxiliados pela influência permanente do Espírito Santo, que atrairá a mente para cima e a fará ocupar-se com coisas puras e santas. E devemos fazer estudo diligente da Palavra de Deus. "Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a Tua Palavra. Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o salmista, "para eu não pecar contra Ti." Salmos 119:9, 11. -- Patriarcas e Profetas, 460. A palha e o trigo PH 22 1 Querido jovem, pare de ler revistas de contos. Deixe de lado os romances. ... Faríamos bem em limpar nossa casa de todas as revistas de contos e de publicações que contêm gravuras ridículas -- representações originadas por instrumentos satânicos. Os jovens não podem permitir que a mente seja envenenada com tais coisas. "O que é a palha em comparação com o trigo?" Que todo aquele que afirma ser seguidor de Cristo leia apenas coisas que sejam de valor verdadeiro e eterno. PH 22 2 Devemos nos preparar para deveres mais solenes. Um mundo deve ser salvo. ... Em vista da grande obra a ser feita, como pode alguém dar-se ao luxo de desperdiçar tempo precioso e meios dados por Deus fazendo coisas que não sejam para o seu bem ou para a glória de Deus? -- The Youth's Instructor, 14 de Agosto de 1906. ------------------------Capítulo 6 -- Construindo um caráter cristão PH 22 3 Há livros de vital importância que não são lidos por nossos jovens. São negligenciados porque não lhes parece tão interessantes como algumas leituras mais leves. PH 22 4 Devemos aconselhar os jovens para que utilizem essa literatura que se recomenda para formar o caráter cristão. Os pontos mais essenciais de nossa fé devem ser gravados na memória dos jovens. Eles têm recebido um vislumbre dessas verdades, mas não um conhecimento que os leve a encarar seu estudo com prazer. Nossos jovens devem ler aquilo que terá efeito saudável e santificador sobre a mente. Eles precisam disso para serem capazes de discernir o que é a verdadeira religião. Há muita leitura boa que não santifica. PH 23 1 Agora é o tempo e oportunidade para trabalharmos pelos jovens. Diga-lhes que atualmente estamos em perigosa crise, e precisamos saber como discernir a verdadeira piedade. Nossos jovens precisam ser ajudados, erguidos e animados, mas da maneira correta; talvez não como desejariam, mas do modo que os ajude a ter mente santificada. Eles necessitam mais da boa e santificadora religião do que de qualquer outra coisa. PH 23 2 Não espero viver muito. Minha obra está quase terminada. Diga aos nossos jovens que eu quero que minhas palavras os animem naquela maneira de viver que será mais atrativa para os seres celestes e que sua influência sobre os outros seja a mais enobrecedora possível. Recomenda-se um curso de leitura selecionado PH 23 3 Estive, durante as horas da noite, selecionando e separando livros que não são de proveito para os jovens. Devemos selecionar para eles livros que os estimulem à sinceridade de vida e que os levem a abrir a Palavra. Isso me foi apresentado no passado, e pensei colocá-lo diante de vocês e torná-lo claro. Não podemos nos permitir oferecer aos jovens leitura sem valor. São necessários livros que sejam uma bênção à mente e ao espírito. Essas coisas são consideradas sem muita preocupação; portanto, nosso povo deve se familiarizar com o que estou dizendo. PH 23 4 Não penso que eu tenha mais Testemunhos para nosso povo. Nossos homens de mente sensata sabem o que é bom para a continuação e edificação da obra. Mas, com o amor de Deus no coração, eles precisam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas divinas. Estou muito preocupada de que nossos jovens tenham a leitura adequada; então as pessoas de mais idade também a obterão. Devemos conservar nossos olhos na atração religiosa da verdade. Devemos manter mente e cérebro abertos para as verdades da Palavra de Deus. Satanás se aproxima quando os homens estão despercebidos. Não devemos nos satisfazer com o fato de a mensagem de advertência ter sido uma vez apresentada. Devemos apresentá-la repetidas vezes. PH 24 1 Poderíamos começar um curso de leitura tão intensamente interessante que atrairia e influenciaria muitas mentes. Caso minha vida seja poupada para trabalho futuro, com prazer ajudarei a preparar livros para os jovens. PH 24 2 Há uma obra a ser feita para os jovens, pela qual sua mente será impressionada e moldada pela verdade santificadora de Deus. Meu sincero desejo para os nossos jovens é que encontrem o verdadeiro significado da justificação pela fé e a perfeição de caráter que os prepararão para a vida eterna. Não espero viver muito, e deixo esta mensagem para os jovens, para que o alvo a que se propõem não falhe. PH 24 3 Aconselho meus irmãos a animar os jovens a conservarem sempre a preciosidade e a graça de Deus grandemente exaltadas. Trabalhem e orem constantemente pelo senso da preciosidade da verdadeira religião. Apresentem a bem-aventurança e o encanto da santidade e da graça de Deus. Tenho sentido um peso a esse respeito, pois sei que é negligenciado. PH 24 4 Não tenho certeza de que minha vida se prolongue muito, mas sinto que estou aceita pelo Senhor. Ele sabe o quanto tenho sofrido ao testemunhar as baixas normas de vida adotadas pelos chamados cristãos. Tenho sentido ser de grande necessidade que a verdade seja vista em minha vida e que meu testemunho seja dirigido ao povo. Quero que façam tudo o que puderem para que meus escritos sejam colocados nas mãos das pessoas nas terras estrangeiras. PH 24 5 Digam aos jovens que eles têm muitas vantagens espirituais. Deus quer que façam fervorosos esforços para apresentar a verdade ao povo. Tenho a impressão de que é meu dever especial dizer estas coisas. -- Fundamentos da Educação Cristã, 547-549. ------------------------Capítulo 7 -- O efeito da ficção PH 25 1 Muitos jovens dizem: "Não tenho tempo para estudar a lição." Mas o que estão fazendo? Alguns estão usando cada momento para conseguir uns poucos centavos a mais, quando, se esse tempo gasto em trabalho fosse dedicado ao estudo da Bíblia, lhes faria poupar mais do que a quantia ganha por excesso de trabalho, se praticassem suas lições. Poupariam muito dinheiro gasto em ornamentos desnecessários e preservariam o vigor mental para compreender o mistério da piedade. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Provérbios 9:10. PH 25 2 Mas esses mesmos jovens que professam ser cristãos satisfazem os desejos do coração carnal, ao seguir suas próprias inclinações; e o tempo de graça, dado por Deus, concedido a eles para tornarem-se familiarizados com as preciosas verdades da Bíblia, é dedicado à leitura de histórias fictícias. É difícil vencer esse hábito uma vez que ele é formado; mas isso pode ser feito e deve ser feito por todos aqueles que são candidatos ao mundo celeste. PH 25 3 A mente que se permite absorver com a leitura de contos é arruinada. A imaginação se torna doentia, o sentimentalismo toma posse da mente, e há uma vaga inquietação, um estranho desejo de alimento mental nocivo, que constantemente desequilibram a mente. Estão hoje em hospícios milhares de pessoas cujas mentes se tornaram desequilibradas pela leitura de novelas, que resultam em castelos no ar e sentimentalismo doentio. -- The Signs of the Times, 10 de Fevereiro de 1881. ------------------------Capítulo 8 -- A música PH 26 1 A melodia de louvor é a atmosfera do Céu; e, quando o Céu entra em contato com a Terra, há música e cântico -- "ação de graças, e voz de melodia". PH 26 2 Sobre a Terra recém-criada, que aí estava, linda e sem defeito, sob o sorriso de Deus, "as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. Assim, os corações humanos, em simpatia com o Céu, têm correspondido à bondade de Deus em notas de louvor. Muitos dos fatos da história humana têm sido ligados com cânticos. ... A música é um precioso dom PH 26 3 A história dos cânticos da Bíblia está repleta de sugestões quanto aos usos e benefícios da música e do canto. A música é muitas vezes pervertida para servir a fins maus, e assim se torna um dos meios mais sedutores de tentação. Mas, corretamente empregada, é um precioso dom de Deus, destinado a elevar os pensamentos a coisas mais altas e nobres, a inspirar e enaltecer a alma. PH 26 4 Como os filhos de Israel, viajando pelo deserto, alegravam sua caminhada através da música de cânticos sagrados, assim Deus convida Seus filhos hoje a alegrarem sua vida peregrina. Há poucos meios mais eficazes para fixar Suas palavras na memória do que repeti-las em cânticos. E tais cânticos têm maravilhoso poder. Poder para dominar naturezas rudes e incultas; poder para estimular pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação, e para expulsar a tristeza e maus pressentimentos, que destroem o ânimo e enfraquecem o esforço. PH 26 5 É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. Quantas vezes vêm à pessoa duramente oprimida e pronta a desesperar algumas palavras de Deus -- as de uma estrofe, há muito tempo esquecida, de um hino da infância -- e as tentações perdem seu poder, a vida assume novo significado e novo propósito, e o ânimo e a alegria são transmitidos a outras pessoas. PH 27 1 Nunca se deve perder de vista o valor do canto como meio de educação. Que haja canto no lar de hinos que sejam suaves e puros, e haverá menos palavras de censura, e mais de animação, esperança e alegria. Haja canto na escola, e os alunos serão atraídos para mais perto de Deus, dos professores e uns dos outros. PH 27 2 Como parte do culto, o canto é um ato de adoração tanto como a oração. Na verdade, muitos hinos são orações. Se a criança é ensinada a compreender isso, ela pensará mais no significado das palavras que canta e será mais suscetível à sua influência. PH 27 3 À medida que nosso Redentor nos dirige para o limiar do Infinito, cheios com a glória de Deus, podemos captar os temas de louvor e ações de graças do coro celestial ao redor do trono; e quando o eco do cântico dos anjos é despertado em nossos lares terrestres, os corações serão atraídos para mais perto dos cantores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota tônica de seu louvor. -- Educação, 161-168. ------------------------Capítulo 9 -- Altos objetivos PH 27 4 A música era feita para servir a um santo propósito, para elevar os pensamentos para o que é puro, nobre e edificante, e despertar na pessoa a devoção e gratidão a Deus. Que contraste entre o costume antigo e os usos a que a música é hoje muitas vezes dedicada! Quantos empregam esse dom para exaltar o eu, em vez de usá-lo para glorificar a Deus! O amor pela música leva os imprudentes a unir-se com os amantes do mundo nas reuniões de divertimentos, aonde Deus proibiu Seus filhos de irem. Assim, aquilo que é uma grande bênção quando devidamente usado, torna-se um dos meios mais bem-sucedidos pelos quais Satanás desvia a mente do dever e da contemplação das coisas eternas. PH 28 1 A música faz parte do culto de Deus nas cortes celestiais, e devemos nos esforçar, em nossos hinos de louvor, para nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O treino adequado da voz é um aspecto importante na educação, e não deve ser negligenciado. -- Patriarcas e Profetas, 594. O talento da influência PH 28 2 Há pessoas que têm um dom especial para cantar, e há ocasiões em que uma mensagem especial é apresentada por alguém cantando sozinho ou por um conjunto. Mas o canto raramente deve ser feito por poucos. O cantar bem é um talento que exerce influência, o qual Deus deseja que todos cultivem e usem para a glória de Seu nome. -- Obreiros Evangélicos, 359. Afinados com os músicos celestes PH 28 3 Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, músicos celestes acompanham a harmonia e unem-se ao cântico de ações de graças. Aquele que nos concedeu todos os dons que nos habilitam a trabalhar com Deus espera que Seus servos cultivem a voz, para que possam falar e cantar de modo que todos entendam. Não é o cantar forte que é necessário, mas a entonação clara, a pronúncia correta e a dicção distinta. Que todos dediquem tempo para cultivar a voz, de modo que o louvor de Deus seja entoado em tons claros e suaves, não com dissonâncias e estridências que ofendam ao ouvido. A habilidade de cantar é um dom de Deus; seja ela usada para Sua glória. PH 28 4 Escolha-se um grupo de pessoas para participar no serviço de cântico. E seja o cântico acompanhado por instrumentos musicais habilmente tocados. Não devemos nos opor ao uso de instrumentos musicais em nossa obra. Esta parte do culto deve ser cuidadosamente dirigida; pois é o louvor a Deus em forma de cântico. PH 28 5 Nem sempre o canto deve ser feito apenas por alguns. Tanto quanto possível, participe dele toda a congregação. -- Obreiros Evangélicos, 357, 358. Glorificado pelo cântico PH 29 1 Deus é glorificado pelos hinos de louvor vindos de um coração puro e cheio de amor e devoção a Ele. -- Testemunhos Para a Igreja 1:509. ------------------------Capítulo 10 -- Uso errado da música PH 29 2 Anjos estão observando uma casa distante. Os jovens estão ali reunidos; há som de música vocal e instrumental. Cristãos estão reunidos ali, mas o que se ouve? É um cântico, uma canção leviana, própria para dançar. Veja, os puros anjos recolhem a luz para si, e as trevas envolvem os que estão naquela casa. Os anjos se afastam da cena. Estão tristes. Veja, estão chorando. Vi isso repetidas vezes entre os observadores do sábado, e especialmente em _____. A música tem ocupado as horas que deveriam ser dedicadas à oração. A música é o ídolo que muitos professos cristãos observadores do sábado adoram. Satanás não se opõe à música, uma vez que possa torná-la um canal através do qual tenha acesso à mente dos jovens. Tudo que desvia a mente de Deus, e ocupa o tempo que deveria ser devotado ao Seu serviço, serve aos fins de Satanás. Ele atua através dos meios que exercerão a mais forte influência para manter o maior número de pessoas numa aprazível fascinação, enquanto são paralisadas por seu poder. Quando usada para fins adequados, a música é uma bênção, mas é muitas vezes usada como um dos mais atrativos meios de Satanás para enganar pessoas. Quando mal empregada, leva os não consagrados ao orgulho, à vaidade e à insensatez. Quando toma o lugar da devoção e oração, é uma maldição terrível. Jovens se reúnem para cantar e, embora sejam professos cristãos, freqüentemente desonram a Deus e sua fé através de conversas levianas e do tipo de música que escolhem. A música sacra não está em harmonia com seu gosto. Minha atenção foi dirigida aos claros ensinos da Palavra de Deus, que têm sido passados por alto. No juízo, todas essas palavras da Inspiração condenarão aqueles que não lhes deram ouvidos. -- Testemunhos Para a Igreja 1:506. Força para o bem PH 30 1 A música pode se tornar uma grande força para o bem; no entanto, não aproveitamos o máximo desse meio de adoração. O canto é feito geralmente por impulso ou para atender a casos especiais, e outras vezes os cantores cantam errado, e a música perde o devido efeito sobre a mente dos presentes. A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Usem como auxílio, se possível, música instrumental, e que a harmonia gloriosa se eleve a Deus, em oferta aceitável. -- Testemunhos Seletos 1:457. ------------------------Capítulo 11 -- Religião x aparência pessoal PH 32 1 É importante que crianças e jovens sejam orientados a cuidar de suas palavras e ações, porque seu modo de proceder produz luz ou sombra, não apenas em seu próprio lar, mas também sobre todos com quem entram em contato. Antes, porém, que os jovens sejam cuidadosos, ponderados e se afastem de toda a aparência do mal. Devem ter aquela sabedoria que vem de cima, e a força que só Jesus pode dar. ... Verdadeiro adorno PH 32 2 Muitos se enganam ao pensar que beleza e roupas chamativas farão com que obtenham a consideração do mundo. Ao contrário, os atrativos que consistem apenas nos adornos exteriores são superficiais e mutáveis; não se pode confiar neles. O adorno que Cristo aprecia em Seus seguidores nunca desaparecerá. Ele diz: "Não procure ficar bonita [bonito] usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Pelo contrário, a beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus." 1 Pedro 3:3, 4. PH 32 3 Se metade do tempo gasto pelos jovens em tornarem-se atraentes na aparência exterior fosse dedicado ao cultivo da alma, na beleza interior, que diferença seria vista em sua conduta, palavras e ações! Aqueles que estão verdadeiramente buscando seguir a Cristo terão muito cuidado no que diz respeito à roupa que usam; se esforçarão para cumprir os requisitos dessa recomendação dada tão claramente pelo Senhor. O dinheiro agora gasto em extravagâncias no vestuário será usado para o avanço da causa de Deus e em suprir a mente com conhecimento útil, qualificando-os assim para posições de confiança. Procurarão atender as expectativas de Jesus, que os comprou por um preço infinito. PH 33 1 Queridas crianças e jovens, Jesus fez tudo ao Seu alcance para lhes dar um lar nas mansões que estão preparadas para aqueles que O amam e O servem aqui. Ele deixou Seu lar celeste e veio a um mundo arruinado pelo pecado -- veio para pessoas que não Lhe deram valor, que não amaram Sua pureza e santidade, que desprezaram Seus ensinos, e finalmente O conduziram à morte mais cruel. "Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o Seu único Filho, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Aparência exterior PH 33 2 Deus quer algo em troca desse grande sacrifício que Ele fez em seu favor. Deseja que você seja cristão, não apenas no nome, mas também na maneira de se vestir e conversar. Quer que fique satisfeito em vestir-se de maneira modesta, não com tufos, plumas e enfeites desnecessários. Ele deseja que torne suas maneiras atrativas, aquelas que o Céu pode aprovar. Querido jovem, será que você vai frustrar as expectativas de Jesus? PH 33 3 Com freqüência, a aparência exterior reflete o que está na mente, e devemos ser cuidadosos quanto a que sinais damos ao mundo para julgar nossa fé. Desejamos que você siga a Jesus como filho querido, obediente à Sua expressa vontade em todas as coisas. Desejamos que você agrade seu Redentor ao buscar diligentemente essa beleza interior. Assim, dia após dia, com a ajuda de Jesus, você pode vencer o próprio eu. O orgulho e o amor à exibição serão descartados do seu coração e da vida. A mansidão e o amor à simplicidade serão estimulados. Dessa forma, os jovens podem tornar-se um exército de soldados fiéis para Cristo. PH 33 4 Estamos vivendo em tempos perigosos, em que os que professam amar e obedecer a Deus O negam na vida diária. "Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Não terão amor para com os outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a Deus, parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela." 2 Timóteo 3:2-5. Deus não deseja que você se encontre nessa classe, querido jovem. Em Sua Palavra você pode aprender como evitar esses males, e ser um vencedor. ... PH 34 1 "Os nossos irmãos o derrotaram por meio do sangue do Cordeiro e da verdade que anunciaram." Apocalipse 12:11. "Então os que temiam ao Senhor falaram uns com os outros, e Ele escutou com atenção o que estavam dizendo. E na presença dEle foram escritos num livro os nomes dos que respeitavam a Deus e O adoravam." Malaquias 3:16. Testemunhando PH 34 2 Não é suficiente evitar a aparência do mal; você deve se afastar mais e mais disso; deve aprender a "fazer o bem". Deve representar Cristo ao mundo. Seu estudo diário deve ser como aprender a realizar as obras de Deus. Seus seguidores devem ser cartas vivas, conhecidas e lidas "por todos os homens". 2 Coríntios 3:2. PH 34 3 Você nunca conseguirá um bom caráter simplesmente por desejá-lo. Isto só pode ser obtido através de esforço. O desejo nesse sentido deve ser expresso em empenho diligente e honesto, e paciente trabalho. Ao subir cada dia a escada de progresso, você se descobrirá finalmente no topo -- vencedor, sim, mais do que vencedor, através dAquele que o ama. -- The Youth's Instructor, 5 de Novembro de 1896. Religião julgada pelo vestuário PH 34 4 Queridos jovens, a disposição de vocês em vestir-se de acordo com a moda e em usar rendas, ouro e coisas artificiais para exibição, não recomendará a outros a religião ou a verdade que professam. Pessoas de discernimento considerarão essas tentativas de enfeitar o exterior como evidência de mente fraca e coração orgulhoso. O vestir-se de forma simples, modesta e despretensiosa será uma recomendação às minhas jovens irmãs. Não há melhor maneira de deixar sua luz brilhar aos outros do que através da simplicidade de vestir-se e conduzir-se. Vocês podem mostrar a todos que, em comparação com as coisas eternas, dão o valor apropriado às coisas desta vida. -- Testemunhos Para a Igreja 3:376. ------------------------Capítulo 12 -- O vestuário e o caráter PH 35 1 Os seguidores de Cristo são por Ele representados como o sal da Terra e a luz do mundo. Sem a influência salvadora dos cristãos, o mundo morreria em sua própria corrupção. Observe a classe de professos cristãos descritos, que são descuidados em seu vestuário e aparência; negligentes em suas transações comerciais, como o demonstra seu traje; grosseiros, descorteses e rudes em suas maneiras; baixos em suas conversas; ainda assim, consideram esses míseros traços como sinais de verdadeira humildade e vida cristã. Você acha que se nosso Salvador estivesse na Terra apontaria para eles como sendo o sal da Terra e a luz do mundo? Não, nunca! PH 35 2 Os cristãos têm uma conversa de alto nível; e embora acreditem ser pecado condescender com a bajulação tola, são corteses, amáveis e bondosos. Suas palavras são sinceras e verdadeiras. São fiéis na maneira de tratar seus irmãos e o mundo. Na maneira de se vestir, evitam excessos e exibição; mas suas roupas são asseadas, não extravagantes, discretas, bem alinhadas e de bom gosto. Têm ainda um cuidado especial para vestir-se de maneira a demonstrar respeito sagrado pelo santo sábado e pela adoração a Deus. PH 35 3 A linha de separação entre tais pessoas e o mundo será evidente demais para ser confundida. A influência dos crentes seria dez vezes maior se homens e mulheres que aceitam a verdade, que foram anteriormente descuidados e negligentes em seus hábitos, se tornassem tão elevados e santificados por meio da verdade que observassem hábitos de asseio, ordem e bom gosto em seu vestuário. Nosso Deus é um Deus de ordem, e de forma alguma Se agrada com a confusão, sujeira ou pecado. Relação para com a moda PH 36 1 Os cristãos não devem esforçar-se para chamar a atenção sobre si ao vestirem-se diferentemente do mundo. Mas se, de acordo com sua fé e seu dever, com respeito a vestir-se com modéstia e saúde, perceberem que estão fora de moda, não devem mudar seu vestuário a fim de ser como o mundo. Ao contrário, devem manifestar uma nobre independência e coragem moral para serem corretos, mesmo se todo o mundo for diferente deles. Se o mundo apresentar uma maneira modesta, conveniente e saudável de se vestir, que esteja de acordo com a Bíblia, o fato de adotarmos esse estilo de roupa não alterará nossa relação com Deus ou com o mundo. Os cristãos devem seguir a Cristo, e harmonizar seu traje com a Palavra de Deus. Devem evitar extremos e seguir humildemente uma orientação coerente, independentemente de aplauso ou censura, e devem apegar-se ao que é correto, justamente por ser correto. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1900. ------------------------Capítulo 13 -- Escolhendo a melhor roupa PH 36 2 A Bíblia ensina a simplicidade no vestuário. "Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples." 1 Timóteo 2:9. Isso proíbe exibição no vestuário, cores extravagantes, muito ornamento. Qualquer artifício planejado para atrair a atenção para o usuário ou para provocar admiração está excluído do traje modesto que a Palavra de Deus recomenda. Economia no vestuário PH 37 1 Nossas roupas não devem ser caras -- não com "ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos". O dinheiro é algo concedido por Deus. Não é nosso para gastar na satisfação do orgulho ou ambição. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto e roupa para o nu. É uma defesa para o oprimido, um meio de restituir a saúde ao doente, ou de pregar o evangelho aos pobres. Você pode trazer felicidade a muitos corações ao usar sabiamente o dinheiro que agora é gasto para ostentação. Medite na vida de Cristo. Estude Seu caráter, e seja participante com Ele de Sua abnegação. PH 37 2 No professo mundo cristão, gasta-se com jóias e roupas desnecessariamente caras o que seria suficiente para alimentar todos os famintos e vestir os nus. A moda e a ostentação consomem os meios que poderiam confortar os pobres e sofredores. Privam o mundo do evangelho do amor do Salvador. ... Qualidade e bom gosto PH 37 3 Nossa roupa, embora modesta e simples, deve ser de boa qualidade, de cores apropriadas e adequadas ao uso. Deve ser escolhida mais pela durabilidade do que pela aparência. Deve proporcionar calor e proteção adequada. A mulher sábia descrita em Provérbios, "quando faz muito frio, não se preocupa, porque a sua família tem agasalhos para vestir". Provérbios 31:21. Saúde e asseio PH 37 4 Nossa roupa deve ser asseada. A falta de asseio no vestuário faz mal à saúde, e assim contamina o corpo e a mente. "Certamente vocês sabem que são o templo de Deus... Se alguém destruir o templo de Deus, Deus destruirá essa pessoa." 1 Coríntios 3:16, 17. PH 37 5 O vestuário deve ser saudável em todos os aspectos. Acima de tudo, Deus deseja que tenhamos saúde (3 João 2) -- saúde física e mental. E devemos trabalhar junto com Ele para a saúde tanto do espírito como do corpo. Ambas são promovidas pelo vestuário saudável. Graça e beleza naturais PH 38 1 O vestuário deve ter a graça, a beleza, a conveniência da simplicidade natural. PH 38 2 Cristo nos advertiu contra o orgulho da vida, mas não contra sua graça e beleza naturais. Apontou às flores do campo, ao lírio desabrochando em sua pureza, e disse: "Nem mesmo Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como essas flores." Mateus 6:29. Assim, através das coisas da natureza, Cristo ilustrou a beleza que o Céu valoriza, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a conveniência, que tornariam nossas roupas agradáveis a Ele. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 302, 303. ------------------------Capítulo 14 -- Influência do vestuário PH 38 3 Não desaprovamos o asseio no vestuário. O bom gosto não deve ser desprezado ou condenado. Nossa fé, se confirmada, nos levará a ser tão simples no vestir e zelosos de obras, que seremos identificados como peculiares. Mas quando perdemos o gosto pela ordem e asseio no vestir, praticamente deixamos a verdade; porque a verdade nunca degrada, e sim eleva. Quando os crentes são negligentes em seu vestuário e são grosseiros e rudes em suas maneiras, sua influência prejudica a verdade. "Somos", disse o apóstolo inspirado, "como espetáculo para o mundo inteiro, tanto para os anjos como para as criaturas humanas." 1 Coríntios 4:9. Todo o Céu está notando a influência diária que os professos seguidores de Cristo exercem sobre o mundo. ... PH 38 4 A simplicidade no vestir realçará a aparência de uma mulher sensata. Julgamos o caráter de uma pessoa pelo estilo de roupa que ela usa. Uma mulher modesta e piedosa se vestirá discretamente. Um gosto refinado e uma mente cultivada serão revelados na escolha de um traje simples e apropriado. As jovens que não se deixam escravizar pela moda serão ornamentos na sociedade. Aquela que é simples e despretensiosa em seu vestuário e em suas maneiras demonstra que entende que uma mulher verdadeira é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante é a simplicidade no vestir, cuja graça pode ser comparada com as flores do campo. -- The Review and Herald, 17 de Novembro de 1904. ------------------------Capítulo 15 -- A beleza interior PH 39 1 "Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Pelo contrário, a beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus." 1 Pedro 3:3, 4. PH 39 2 A razão humana sempre tem procurado evitar ou colocar de lado as instruções simples e diretas da Palavra de Deus. Em cada época, a maioria dos professos seguidores de Cristo tem desconsiderado esses preceitos que recomendam abnegação e humildade, que requerem modéstia e simplicidade de conversação, conduta e vestuário. O resultado sempre tem sido o mesmo -- o abandono dos ensinos do evangelho conduz à adoção das modas, costumes e princípios do mundo. A piedade viva dá lugar a um formalismo morto. A presença e o poder de Deus, retirados daqueles círculos amantes do mundo, são encontrados com uma classe de adoradores mais humildes, que estão dispostos a obedecer aos ensinos da Sagrada Palavra. Através de sucessivas gerações, essa orientação tem sido seguida. Uma após outra, têm se levantado diferentes denominações e, abandonando a simplicidade, perderam, em grande medida, seu poder inicial. Uma armadilha PH 40 1 Quando vemos o amor à moda e à ostentação entre os que professam crer na verdade presente, perguntamos com tristeza: O povo de Deus nada aprenderá da história do passado? Poucos entendem o próprio coração. Os tolos e fúteis amantes da moda podem afirmar que são seguidores de Cristo; mas seu vestuário e conversas demonstram o que lhes ocupa a mente e cativa as afeições. Sua vida revela a amizade deles com o mundo, e este os reclama como seus. PH 40 2 Como pode alguém que já provou o amor de Cristo se satisfazer com a futilidade da moda? Meu coração está pesaroso ao ver os que professam ser seguidores do manso e humilde Salvador buscando tão avidamente moldar-se ao padrão de vestuário do mundo. Apesar de professarem piedade, dificilmente podem ser diferenciados dos incrédulos. Eles não apreciam a vida religiosa. Seu tempo e recursos são dedicados ao único objetivo de vestir-se para ostentação. PH 40 3 O orgulho e a extravagância no vestir são um pecado para o qual a mulher é especialmente propensa. Por isso a recomendação do apóstolo se dirige especialmente a elas: "Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!" 1 Timóteo 2:9. Reforma necessária PH 40 4 Vemos ganhar decidido terreno na igreja um mal que a Palavra de Deus condena. Qual o dever daqueles que têm autoridade com respeito a essa questão? Será a influência da igreja o que deve ser, enquanto muitos de seus membros obedecem ao que a moda pede, mais do que à vontade de Deus claramente expressa? Como podemos esperar a presença e o auxílio do Espírito Santo enquanto permitimos que essas coisas existam entre nós? Podemos permanecer calados enquanto os ensinos de Cristo são colocados de lado pelos Seus supostos seguidores? Essas coisas trazem desgosto e perplexidade àqueles que dirigem a igreja de Deus. Não refletirão minhas irmãs cristãs com sinceridade e oração sobre esse assunto? Não buscarão ser guiadas pela Palavra de Deus? PH 41 1 O tempo extra gasto na preparação de trajes segundo as modas do mundo deveria ser dedicado a íntimo exame do coração e ao estudo das Escrituras. As horas mais que desperdiçadas no preparo de adornos desnecessários poderiam se tornar mais valiosas do que o ouro se empregadas na aquisição de princípios retos e conhecimentos sólidos. Meu coração sofre quando vejo jovens senhoras que dizem ser seguidoras de Cristo que praticamente ignoram Seu caráter e Sua vontade. Essas jovens se satisfazem comendo palha. O falso brilho do mundo lhes parece mais valioso do que as riquezas eternas. As faculdades mentais, que poderiam se desenvolver pela reflexão e estudo, são deixadas a dormir, e as afeições são indisciplinadas, porque o traje exterior é considerado de maior importância do que a beleza espiritual e o vigor da mente. Por amor à verdade PH 41 2 Os seguidores de Cristo buscarão obter a beleza interior, o espírito manso e tranqüilo que Deus considera de grande valor, ou desperdiçarão as poucas e breves horas de graça em trabalho desnecessário para ostentação? PH 41 3 O Senhor deseja que as mulheres procurem constantemente aperfeiçoar-se tanto na mente como no coração, obtendo força intelectual e moral para levar uma vida útil e feliz -- uma bênção para o mundo e uma honra ao seu Criador. PH 41 4 Quero perguntar aos jovens de hoje, que professam crer na verdade presente, do que estão abrindo mão por amor à verdade. Quando realmente desejam um artigo de vestuário, ou algum adorno ou bem material, colocam a questão diante de Deus em oração para saber se Seu Espírito aprovaria esse gasto de meios? Na preparação de suas roupas, são cuidadosos para não desonrar a fé que professam? Podem pedir a bênção do Senhor sobre o tempo assim empregado? Uma coisa é unir-se à igreja, outra coisa bem diferente é estar unido a Cristo. Os não consagrados adeptos da religião, os amantes do mundo, são uma das causas mais sérias de fraqueza na igreja de Cristo. PH 42 1 Nesta época, há uma frenética busca pelo prazer, jamais vista antes. O desperdício e a extravagância descuidada reinam por toda a parte. As multidões estão ávidas por diversão. A mente torna-se fútil porque não está acostumada à meditação, ou disciplinada para o estudo. O sentimentalismo ignorante é comum. Deus requer que toda pessoa seja cultivada, refinada, elevada e enobrecida. Mas muitas vezes todo conhecimento valioso é negligenciado por exibições da moda e prazeres superficiais. As mulheres permitem que seu espírito definhe por falta de alimento e diminua sua capacidade por causa da moda, tornando-se assim uma maldição para a sociedade em vez de uma bênção. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1881. ------------------------Capítulo 16 -- Um caso de idolatria PH 42 2 A idolatria do vestuário é uma doença moral. Não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos, a submissão aos requisitos do evangelho exige uma mudança decidida no vestuário. PH 42 3 Não deve haver descuido no vestuário. Por amor a Cristo, de quem somos testemunhas, devemos procurar ter uma boa aparência. No cerimonial do tabernáculo, Deus especificou cada detalhe com respeito às roupas dos que oficiavam diante dEle. Assim nos ensinou que tem preferências quanto às roupas daqueles que O servem. As orientações dadas quanto à roupa de Arão foram bem específicas, porque seu vestuário era simbólico. Do mesmo modo, as roupas dos seguidores de Cristo comunicam muito. Em tudo devemos ser Seus representantes. Nossa aparência deve ser caracterizada em cada aspecto pelo asseio, simplicidade e pureza. Mas a Palavra de Deus não aprova mudanças no vestuário apenas por amor à moda -- para que nos pareçamos com o mundo. Os cristãos não devem enfeitar-se com roupas caras ou adornos custosos. PH 43 1 As palavras das Escrituras quanto ao vestuário devem ser cuidadosamente consideradas. Necessitamos compreender o que o Senhor do Céu aprecia quanto ao vestuário. Todos os que buscam sinceramente a graça de Cristo atenderão às palavras de instrução inspiradas por Deus. Até mesmo o feitio da roupa expressará a autenticidade do evangelho. -- Testemunhos Seletos 2:393, 394. ------------------------Capítulo 17 -- O verdadeiro adorno PH 43 2 Predomina por toda a parte uma desmoralizadora extravagância, e pessoas estão sendo arruinadas por causa do amor ao vestuário e à ostentação. A vida de nove décimos dos devotos da moda é uma mentira viva. Engano, fraude, é sua prática diária, porque desejam parecer aquilo que não são. PH 43 3 Nobreza de espírito, gentileza e generosidade são negociadas para satisfazer o desejo de coisas más. Milhares vendem a virtude para obter recursos para seguir a moda. Tal loucura, em relação às instáveis modas do mundo, deve suscitar um exército de reformadores que tomem sua posição em favor do vestuário simples e modesto. Satanás está sempre inventando modas que só podem ser seguidas através do sacrifício de dinheiro, tempo e saúde. Seguindo o mundo PH 43 4 Tendo diante de nós o quadro da desmoralização do mundo sobre a questão da moda, como professos cristãos ousam seguir o caminho dos mundanos? Daremos a impressão de aprovar essas modas desmoralizadoras ao adotá-las? Muitos adotam as últimas modas porque Cristo, a esperança da glória, não vive com eles. O viver luxuoso, com roupas extravagantes, é levado a tal ponto que constitui um dos sinais dos últimos dias. PH 44 1 O orgulho e a vaidade se manifestam por toda a parte; mas os que são inclinados a olhar o espelho para se admirarem têm pouca propensão de contemplar a lei de Deus, o grande espelho moral. Essa idolatria do vestuário destrói tudo que é humilde, manso e amável no caráter. Consome as preciosas horas que deveriam ser dedicadas à meditação, ao exame interior, ao estudo da Palavra de Deus com oração. Na Palavra de Deus, a Inspiração registrou lições especialmente para nossa orientação. ... PH 44 2 O amor às roupas tira parte dos recursos que deviam ser destinados às obras de misericórdia e caridade, e essa extravagante exibição é roubo contra Deus. Nossos recursos não nos foram dados para satisfação do orgulho e do amor à ostentação. Devemos ser sábios mordomos, e vestir o nu, alimentar o faminto e oferecer nossos meios para o avanço da causa de Deus. Se desejamos adornos, as graças da mansidão, humildade, simplicidade e prudência fazem bem a todas as pessoas, em qualquer classe e condição de vida. PH 44 3 Não tomaremos nossa posição como fiéis sentinelas, reprovando por preceito e exemplo a condescendência com a dissipação e a extravagância desta época degenerada? Não daremos um exemplo correto à nossa juventude, de modo que quer comendo ou bebendo, ou fazendo qualquer outra coisa, façamos tudo para a glória de Deus? -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1912. ------------------------Capítulo 18 -- O valor da recreação PH 46 1 Os cristãos devem ser as pessoas mais alegres e felizes que existem. Podem ter a consciência de que Deus é seu Pai e Amigo constante. PH 46 2 Mas muitos professos cristãos não representam corretamente a religião cristã. Parecem tristes, como se estivessem sob uma nuvem. Falam freqüentemente do grande sacrifício que fizeram para se tornarem cristãos. Apelam para aqueles que não aceitaram a Cristo, demonstrando por seu próprio exemplo e conversação que não devem abandonar tudo que tornaria a vida agradável e alegre. Lançam um manto de sombras sobre a bendita esperança cristã. Dão a impressão de que as ordens de Deus são um fardo mesmo para a pessoa disposta, e que tudo que dá prazer ou que agrada o gosto deve ser sacrificado. PH 46 3 Não hesitamos em dizer que essa classe de professos cristãos não tem o artigo genuíno. Deus é amor. Aquele que está em Deus, está em amor. Todos os que realmente se relacionaram, por experiência, com o amor e a terna compaixão de nosso Pai celeste transmitem luz e alegria onde quer que estejam. Sua presença e influência são como a fragrância agradável das flores aos que com eles convivem, porque estão ligados a Deus e ao Céu, e a pureza e a beleza exaltadas do Céu são comunicadas através deles a todos que têm contato com sua influência. Isso faz deles a luz do mundo, o sal da Terra. São na verdade um cheiro de vida para vida, e não de morte para morte. A recreação cristã PH 46 4 É privilégio e dever dos cristãos procurar revigorar o espírito e fortalecer o corpo através de inocente recreação, com o propósito de usar as energias físicas e mentais para a glória de Deus. Nossas recreações não devem ser cenas de alegria irracional, tomando a forma do ridículo. Podemos conduzi-las de maneira a beneficiar e elevar aqueles com quem nos relacionamos, e habilitando melhor a nós e aos outros para desempenharmos com mais sucesso os deveres que nos cabem como cristãos. PH 47 1 Não podemos ser desculpados diante de Deus se nos envolvemos em diversões que têm a tendência de nos incapacitar para o fiel cumprimento dos deveres comuns da vida, diminuindo assim nosso gosto pela contemplação de Deus e das coisas celestiais. A religião de Cristo é animadora e enobrecedora em sua influência. Está acima de tudo que se pareça com brincadeiras tolas, gracejos e conversas fúteis. Em todos os nossos períodos de recreação podemos buscar na divina Fonte de poder novo ânimo e força, para que possamos ser mais bem-sucedidos em elevar a vida à pureza, à verdadeira bondade e à santidade. Amor ao belo PH 47 2 O grande Deus é um amante do belo. Ele nos deu evidências inconfundíveis disso na obra de Suas mãos. Criou um belo jardim no Éden para nossos primeiros pais. Fez brotar da terra majestosas árvores, de toda espécie, para utilidade e ornamento. As flores foram feitas, de rara beleza, de todas as cores e matizes, perfumando o ar. Os alegres pássaros, de variada plumagem, entoavam seus cânticos festivos de louvor ao Criador. Era plano de Deus que o homem encontrasse felicidade em cuidar das coisas que Ele criara, e que suas necessidades fossem satisfeitas com os frutos das árvores do jardim. PH 47 3 Deus, que fez o lar do Éden para nossos primeiros pais tão superiormente belo, deu também as nobres árvores, as lindas flores e tudo que é agradável na natureza para a nossa felicidade. Ele nos deu esses sinais de Seu amor para que tenhamos uma visão correta de Seu caráter. PH 47 4 Implantou no coração de Seus filhos o amor ao belo. Mas esse amor tem sido pervertido por muitos. Os benefícios e belezas que Deus nos tem concedido têm sido adorados, enquanto o glorioso Doador tem sido esquecido. Essa é uma estúpida ingratidão. Devemos reconhecer o amor de Deus por nós em todas as Suas obras criadas, e nosso coração deve corresponder a essas evidências de Seu amor ao dedicar-Lhe os melhores e mais santos sentimentos do coração. O artista-mestre PH 48 1 Deus nos tem rodeado com o bonito cenário da natureza para atrair e despertar o interesse da mente. É Seu propósito que associemos as glórias da natureza com Seu caráter. Se fielmente estudarmos o livro da natureza, descobriremos nela uma proveitosa fonte para contemplação do amor e poder infinitos de Deus. PH 48 2 Muitos exaltam a habilidade artística que produz belas pinturas sobre telas. Todas as faculdades do ser são por muitos dedicadas à arte; contudo, quão longe ficam eles do natural. A arte nunca pode alcançar a perfeição vista na natureza. Muitos professos cristãos ficam extasiados diante de uma pintura do pôr-do-sol. Idolatram a habilidade do artista, mas ignoram o real e glorioso pôr-do-sol que têm o privilégio de contemplar em cada luminoso entardecer. PH 48 3 De onde o artista obtém seu modelo? Da natureza. O grande Artista-Mestre pintou sobre a tela móvel e mutável do firmamento as glórias do pôr-do-sol. Coloriu e iluminou os céus de ouro, prata e vermelho, como se os portais do alto Céu se abrissem de par em par, a fim de que pudéssemos ver seu brilho, e nossa imaginação percebesse a glória interior. Muitos viram as costas descuidosamente para esse quadro trabalhado por Deus. Deixam de seguir o infinito amor e poder de Deus nas extraordinárias belezas vistas no firmamento, mas ficam quase hipnotizados ao contemplar e idolatrar as pinturas imperfeitas, em imitação do Artista-Mestre. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1871. Sem condições de resistir à tentação PH 48 4 Não pensem que vocês podem unir-se aos amantes de diversões, aos imorais e amantes do prazer, e ao mesmo tempo resistir à tentação. -- The Signs of the Times, 20 de Junho de 1900. ------------------------Capítulo 19 -- O caminho da sabedoria PH 49 1 É um fato alarmante que o amor ao mundo predomina na mente dos jovens em geral. Muitos se comportam como se as preciosas horas do tempo de graça, enquanto há misericórdia, representassem um grande dia de festa, e eles estivessem no mundo meramente para sua própria diversão, para se alegrarem numa contínua sucessão de emoções. Encontram seus prazeres no mundo e nas coisas do mundo, e desconhecem o Pai e as graças do Seu Espírito. Muitos são descuidados em sua conversação. Preferem esquecer que por suas palavras serão justificados ou condenados. Deus é desonrado pela futilidade, pelas conversas e risos tolos e inúteis que caracterizam a vida de muitos de nossos jovens. ... PH 49 2 Satanás se esforça especialmente para levá-los a encontrar felicidade em diversões mundanas, e justificar-se procurando mostrar que essas diversões são inofensivas, inocentes e até mesmo importantes para a saúde. Apresenta o caminho da santidade como sendo difícil, enquanto os caminhos do prazer mundano são cobertos de flores. PH 49 3 Em cores falsas e agradáveis, ele apresenta o mundo com seus prazeres diante dos jovens. Mas os prazeres da Terra logo chegarão ao fim, e o que foi semeado será colhido. São os atrativos, habilidades ou talentos pessoais valiosos demais para serem dedicados a Deus, o Autor de nosso ser, Aquele que cuida de nós a todo o momento? São nossas qualificações preciosas demais para serem devotadas a Deus? Cheiro de vida PH 49 4 Os jovens muitas vezes alegam que precisam de alguma coisa que lhes desperte e distraia a mente. O que necessitam, entretanto, é justamente a esperança do cristão. A religião será para o crente um conforto, um guia seguro à Fonte da verdadeira felicidade. Os jovens devem estudar a Palavra de Deus, entregando-se à meditação e oração. Acharão que seus momentos livres não poderão ser melhor empregados. Os caminhos da sabedoria são "deliciosos, e todas as suas veredas, paz". Provérbios 3:17 (VA, revista e atualizada. PH 50 1 Paulo, escrevendo a Tito, aconselha os jovens a serem sensatos: "Aconselhe também os jovens a serem prudentes. Você mesmo deve ser, em tudo, um exemplo de boa conduta. Seja sincero e sério quando estiver ensinando. Use palavras certas, para que ninguém possa criticá-lo e para que os inimigos fiquem envergonhados por não terem nada de mau a dizer a respeito de nós." Tito 2:6-8. PH 50 2 Insisto com os jovens, por amor a sua salvação, para que dêem atenção ao conselho do apóstolo. Todas essas bondosas instruções, advertências e repreensões serão ou um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. PH 50 3 Os jovens são, por natureza, inclinados a pensar que deles não se espera muita responsabilidade, cuidado ou encargos. Mas sobre cada um repousa a obrigação de alcançar o padrão bíblico. A luz que brilha em forma de privilégios e oportunidades, no ministério da palavra, em conselhos, advertências e repreensões, aperfeiçoará o caráter ou condenará o descuidado. Essa luz deve ser mantida tanto pelos jovens como pelos de mais idade. Quem se colocará agora do lado de Deus, resolvido a dar ao Seu serviço o primeiro lugar em sua vida? Quem assumirá as responsabilidades? PH 50 4 "Lembre-se do seu Criador enquanto você ainda é jovem." Eclesiastes 12:1. Jesus deseja o serviço daqueles que têm sobre si o orvalho da juventude. Deseja que sejam herdeiros da imortalidade. Podem crescer até à nobre masculinidade e feminilidade, apesar da poluição moral que predomina e que corrompe a tantos jovens cedo na vida. Podem ser livres em Cristo -- filhos da luz, não das trevas. PH 50 5 Deus convida todo jovem e toda jovem a renunciar a cada mau hábito, a ser diligente em suas atividades, fervoroso no espírito, servindo ao Senhor. Não devem permanecer na ociosidade, sem fazer esforços para vencer hábitos errados ou para melhorar o comportamento. A sinceridade de suas orações será provada pelo vigor do esforço que fazem para obedecer aos mandamentos de Deus. A cada passo podem renunciar maus hábitos e más companhias, acreditando que o Senhor, pelo poder do Seu Espírito, lhes dará força para vencer. Fidelidade nas coisas pequenas PH 51 1 Esforços individuais, constantes e combinados serão recompensados com o sucesso. Os que desejam realizar muitas coisas boas em nosso mundo devem estar dispostos a fazê-lo da maneira ordenada por Deus, desde as pequenas coisas. Aquele que deseja alcançar as mais sublimes alturas das realizações fazendo algo grande e maravilhoso acabará não fazendo nada. PH 51 2 O progresso constante numa boa obra, a freqüente repetição de um tipo de serviço fiel, é de mais valor à vista de Deus do que a realização de uma só grande obra, e conquista para os jovens um bom relatório, imprimindo qualidade aos seus esforços. ... PH 51 3 Os jovens podem fazer o bem trabalhando para salvar pessoas. Deus os considera responsáveis pelo uso que fazem dos talentos que lhes são confiados. Que os que afirmam ser filhos e filhas de Deus tenham como alvo um padrão elevado. Usem todas as faculdades que Deus lhes deu. -- The Youth's Instructor, 1 de Janeiro de 1907. Desejos insatisfeitos PH 51 4 O contínuo desejo por diversões agradáveis revela os profundos desejos do coração. Mas os que bebem dessa fonte de prazer mundano acharão que a sede de seu coração continua insatisfeita. Estão enganados; confundem alegria com felicidade; e quando a agitação cessa, muitos afundam nas profundezas do desânimo e desespero. Oh! Que loucura, que insensatez, abandonar a "Fonte de águas vivas" pelas "cisternas rotas" do prazer mundano! -- Fundamentos da Educação Cristã, 422. Oportunidades de testemunhar PH 52 1 Se você verdadeiramente pertencer a Cristo, terá oportunidade de testemunhar por Ele. Você será convidado a freqüentar lugares de diversão, e então terá chance de testemunhar de seu Senhor. Se for fiel a Cristo, não tentará arranjar desculpas para não aceitar, mas declarará com clareza e simplicidade que é um filho de Deus, e que seus princípios não permitiriam, nem mesmo por uma vez, estar num lugar onde não lhe é possível convidar o Senhor para estar presente. -- The Youth's Instructor, 4 de Maio de 1893. ------------------------Capítulo 20 -- Palavras de conselho PH 52 2 Faz parte dos planos de Deus que as faculdades físicas, tanto quanto as mentais, sejam exercitadas; mas o tipo de exercício físico escolhido deve estar em completa harmonia com as lições dadas por Cristo a Seus discípulos. Essas lições devem ser exemplificadas na vida dos cristãos, de modo que em toda a educação e preparo próprio de professores e alunos, os agentes celestes não necessitem registrar a respeito deles que são "amantes dos prazeres". Esse é o registro que agora está sendo feito de grande número: "Mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus." 2 Timóteo 3:4 (VA, revista e atualizada). PH 52 3 Assim Satanás e seus anjos estão preparando armadilhas para as pessoas. Estão trabalhando na mente de professores e alunos para induzi-los a se envolverem em exercícios e divertimentos que ocupem todo o tempo, e que fortalecem as mais baixas paixões e criam desejos e paixões que neutralizam as atuações do Espírito de Deus no coração humano. PH 52 4 Todos os professores de uma escola precisam de exercício, uma mudança de atividade. Deus designou o que deveria ser -- trabalho útil e prático. Mas muitos têm se desviado do plano de Deus seguindo invenções humanas, para prejuízo da vida espiritual. Os divertimentos estão contribuindo mais para anular a atuação do Espírito Santo do que qualquer outra coisa, e o Senhor é ofendido. ... PH 53 1 "Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar." 1 Pedro 5:8. Ele está no local das brincadeiras, observando suas diversões, e iludindo toda pessoa que encontra distraída, lançando suas sementes no coração humano, e ganhando o controle da mente dos seres humanos. Está presente em todas as atividades nas salas de aula. Os alunos que permitem que a mente seja profundamente estimulada com jogos não estão na melhor condição para receber a instrução, o conselho, a repreensão, tão essenciais a eles. PH 53 2 O exercício físico foi planejado por um Deus sábio. Algumas horas devem ser dedicadas diariamente à educação útil em ramos de trabalho que ajudem os alunos no aprendizado dos deveres da vida prática, que são essenciais a todos os nossos jovens. PH 53 3 É necessário que cada pessoa, em cada escola ou outras instituições, esteja como Daniel em tão estreita ligação com a Fonte de toda a sabedoria que seja capaz de alcançar o mais elevado padrão em todos os sentidos. Daniel tinha diante de si o amor e o temor de Deus; e, consciente de sua responsabilidade para com Deus, exercitava todas as suas faculdades para corresponder o máximo possível ao amoroso cuidado do grande Mestre. Os quatro moços hebreus não permitiam que motivos egoístas e o amor aos divertimentos ocupassem os preciosos momentos da vida. Trabalhavam com coração disposto e mente aberta. Esse não é um padrão tão alto que algum jovem cristão não possa alcançar. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 281-284. ------------------------Capítulo 21 -- Diversões perigosas PH 54 1 O desejo por passatempo excitante e agradável é uma tentação e uma armadilha para o povo de Deus, especialmente para os jovens. Satanás está constantemente preparando atrativos para desviar a mente da solene obra de preparação para as cenas que se acham num futuro próximo. Através da influência de mundanos, mantém uma constante agitação para induzir os descuidados a se unirem aos prazeres do mundo. Existem shows, palestras e uma variedade ilimitada de entretenimentos que são destinados a levar a amar o mundo; e a fé é enfraquecida por causa dessa união com o mundo. PH 54 2 Satanás é um trabalhador perseverante, um inimigo esperto e mortal. Sempre que uma palavra irrefletida é proferida, seja de bajulação ou para fazer com que os jovens olhem com menos aversão para algum pecado, ele se aproveita disso, e alimenta a má semente, que poderá criar raízes e produzir abundante colheita. Ele é, em todos os sentidos da palavra, um enganador, um hábil encantador. Possui muitas redes finamente tecidas, de aparência inocente, mas preparadas com muita habilidade para envolver os jovens e os descuidados. A mente natural tende ao prazer e à satisfação do próprio eu. É o método de Satanás encher a mente com o desejo de divertimentos mundanos, de modo que não haja tempo para a pergunta: "Como vai a minha alma?" Época infeliz PH 54 3 Estamos vivendo numa época infeliz para os jovens. A influência que predomina na sociedade é favorável a permitir que os jovens sigam a inclinação natural de sua própria mente. Se os filhos são muito rebeldes, os pais têm a ilusão de que quando forem mais velhos e raciocinarem por si mesmos abandonarão os hábitos errôneos e se tornarão homens e mulheres úteis. Que engano! Durante anos, permitem que um inimigo semeie no jardim do coração, e consentem que princípios errados cresçam e se fortaleçam, parecendo não discernir os perigos ocultos e o fim terrível do caminho que lhes parece o caminho da felicidade. Em muitos casos, todos os esforços feitos posteriormente por esses jovens não darão resultado. PH 55 1 Geralmente o padrão de piedade é baixo entre os professos cristãos, e é difícil para os jovens resistir às influências mundanas que são incentivadas por muitos membros da igreja. A maioria dos cristãos nominais, enquanto professa viver para Cristo, está na verdade vivendo para o mundo. Não diferenciam a excelência das coisas celestes e, portanto, não podem amá-las verdadeiramente. Muitos dizem ser cristãos porque o cristianismo é considerado honroso. Não percebem que o cristianismo genuíno significa levar a cruz, e sua religião tem pouca influência para impedi-los de tomar parte nos prazeres do mundo. PH 55 2 Alguns entram no salão de baile e participam em todas as diversões que ele oferece. Outros não podem ir tão longe; todavia, assistem a festas de entretenimento, piqueniques, shows, e vão a outros lugares de divertimentos mundanos, e os olhos mais observadores não perceberiam qualquer diferença entre seu aspecto e o dos incrédulos. A educação dos menores PH 55 3 Na atual condição da sociedade, não é tarefa fácil para os pais controlar os filhos e instruí-los de acordo com a norma bíblica do direito. Os filhos freqüentemente se tornam impacientes quando controlados, querendo fazer a própria vontade e ir e vir conforme lhes agrada. Especialmente da idade de dez a dezoito anos são inclinados a pensar que não deve haver mal em ir a reuniões mundanas de jovens companheiros. Mas os pais cristãos experientes podem ver o perigo. Estão familiarizados com o temperamento próprio dos filhos e sabem a influência dessas coisas em sua mente; e, porque desejam sua salvação, devem mantê-los afastados desses divertimentos excitantes. PH 55 4 Quando os filhos decidem por si mesmos deixar os prazeres do mundo e se tornar discípulos de Cristo, que peso é tirado do coração desses pais cuidadosos e fiéis! No entanto, nem assim os pais devem deixar de esforçar-se. Esses jovens apenas começaram com sinceridade a luta contra o pecado e os males do coração natural, e precisam em sentido especial do conselho e atencioso cuidado dos pais. Tempo de provação para os jovens PH 56 1 Jovens observadores do sábado que têm cedido à influência do mundo serão testados e provados. Os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e uma prova da qual muitos não têm idéia está diante dos jovens. Passarão por dura dificuldade, e a genuinidade de sua fé será provada. Dizem estar aguardando o Filho do homem, todavia alguns deles têm sido um lamentável exemplo aos incrédulos. Não estão dispostos a abandonar as coisas do mundo, mas unem-se a ele freqüentando piqueniques e outras reuniões de prazer, gabando-se de que estavam se envolvendo em divertimentos inocentes. No entanto, são justamente essas concessões que os separam de Deus e os tornam filhos do mundo. PH 56 2 Alguns estão continuamente preferindo o mundo. Seus pontos de vista e sentimentos se harmonizam muito mais com o espírito do mundo do que com o dos abnegados seguidores de Cristo. É perfeitamente natural que prefiram a companhia daqueles cujo espírito melhor combine com o deles. E esses têm muitíssima influência entre o povo de Deus. Participam com eles e têm um nome entre eles; e isso chama a atenção dos incrédulos e dos fracos e não consagrados da igreja. Neste tempo de aperfeiçoamento, esses professos crentes ou se converterão totalmente e se santificarão pela obediência à verdade, ou serão deixados com o mundo, para receber sua recompensa com os mundanos. PH 56 3 Deus não reconhece os caçadores de prazeres como Seus seguidores. Apenas os que são abnegados e que vivem de maneira sensata, humilde e santa são verdadeiros seguidores de Cristo. E esses não podem se alegrar com conversas banais e vazias dos amantes do mundo. De outro mundo PH 57 1 Os verdadeiros seguidores de Cristo terão sacrifícios a fazer. Evitarão lugares de diversões mundanas, porque não encontram Jesus lá -- nenhuma influência que os torne mais santos e aumente seu crescimento na graça. A obediência à Palavra de Deus os levará a se afastar dessas coisas e ficar separados. PH 57 2 "Pelos seus frutos os conhecereis", declarou o Salvador. Mateus 7:20 (VA, revista e atualizada. Todos os verdadeiros seguidores de Cristo produzem frutos para Sua glória. A vida deles demonstra que uma boa obra tem sido realizada neles pelo Espírito de Deus, e seus frutos são para santidade. Sua vida é elevada e pura. Ações corretas são os frutos evidentes da verdadeira piedade, e aqueles que não produzem fruto desse tipo revelam que não possuem experiência nas coisas de Deus. Não estão na Videira. Jesus disse: "Continuem unidos comigo, e Eu continuarei unido com vocês. Pois, assim como o ramo só dá uvas quando está unido com a planta, assim também vocês só podem dar fruto se ficarem unidos comigo. Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e Eu com ele, esse dá muito fruto porque sem Mim vocês não podem fazer nada." João 15:4, 5. PH 57 3 Os que querem ser adoradores do verdadeiro Deus devem abandonar todo ídolo. Jesus disse ao doutor da lei: "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. Este é o maior mandamento e o mais importante." Mateus 22:37, 38. Os primeiros quatro preceitos dos Dez Mandamentos não permitem que nossas afeições estejam separadas de Deus. Nem devemos dividir nossa suprema alegria nEle com coisa alguma. Não podemos avançar na experiência cristã, enquanto não afastarmos tudo que nos separa de Deus. PH 57 4 O grande Dirigente da igreja, que escolheu Seu povo do mundo, pede deles que se separem do mundo. Tem em vista que o espírito de Seus mandamentos, ao atrair Seus seguidores a Ele, os separe dos elementos mundanos. Amar a Deus e guardar Seus mandamentos está muito longe de amar os prazeres do mundo e sua amizade. Não há acordo entre Cristo e Belial. Promessas aos jovens PH 58 1 Os jovens que seguem a Cristo têm uma guerra diante de si; têm diariamente uma cruz a levar quanto a sair do mundo e imitar a vida de Cristo. Mas há muitas promessas preciosas registradas para os que buscam cedo o Salvador. A sabedoria clama aos filhos dos homens: "Eu amo aquele que Me ama; e quem me procura acha." Provérbios 8:17. PH 58 2 "Portanto, estejam prontos para agir. Continuem alertas e ponham toda a sua esperança na bênção que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado. Sejam obedientes a Deus e não deixem que a vida de vocês seja dominada por aqueles desejos que vocês tinham quando ainda eram ignorantes. Pelo contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os chamou, é santo." 1 Pedro 1:13-15. "Pois Deus revelou a Sua graça para dar a salvação a todos. Essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Foi Ele quem Se deu a Si mesmo por nós, a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a Ele e que se dedica a fazer o bem." Tito 2:11-14. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 325-330. ------------------------Capítulo 22 -- O que não fazer PH 58 3 Os jovens devem ser dirigidos por princípios firmes, para que possam desenvolver devidamente as faculdades que Deus lhes concedeu. Mas eles seguem tão cegamente os impulsos, sem considerar o princípio, que estão constantemente em perigo. Uma vez que não podem sempre ter a orientação e proteção dos pais e tutores, precisam ser instruídos a ter confiança e domínio próprios. Devem ser ensinados a pensar e agir por um princípio consciencioso. Folga e distração PH 59 1 Os que se acham envolvidos em estudo devem ter períodos de folga. A mente não deve estar constantemente limitada a um pensar rigoroso, pois a delicada estrutura mental se torna cansada. Tanto o corpo como a mente precisam de exercício. Mas há grande necessidade de temperança nas diversões, bem como em qualquer outra atividade. E o tipo desses entretenimentos deve ser cuidadosa e completamente considerado. Todo jovem deve perguntar a si mesmo: Que influência essas diversões terão na saúde física, mental e moral? Minha mente ficará tão absorvida que me esqueça de Deus? Deixarei de ter em mente a Sua glória? PH 59 2 O jogo de cartas deveria ser proibido. As companhias e as tendências são perigosas. ... Não há nada benéfico para a mente ou para o corpo nessas diversões. Nada que fortaleça o intelecto, nem que traga valiosas idéias para uso futuro. A conversação é geralmente sobre assuntos triviais e degradantes. ... PH 59 3 A esperteza no manejo das cartas pode induzir ao desejo de empregar esse conhecimento e habilidade para algum fim de proveito pessoal. Aposta-se uma pequena quantia, e depois uma maior, até que se adquire uma sede de jogar que leva certamente à ruína. Quantos essa diversão perniciosa tem conduzido a todo ato pecaminoso, à pobreza, à prisão, ao assassinato e à morte! E, no entanto, muitos pais não vêem o terrível abismo de ruína que está largamente aberto para nossos jovens. PH 59 4 Entre os mais perigosos lugares de diversões está o teatro. Em vez de ser uma escola de moralidade e virtude, como muitas vezes se pretende, é um verdadeiro foco de imoralidade. Hábitos viciosos e tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. Canções baixas, gestos, expressões e atitudes indecentes pervertem a imaginação e rebaixam a moralidade. Todo jovem que costuma assistir a essas exibições se corromperá em seus princípios. Não há influência mais poderosa em nosso país para envenenar a imaginação, destruir as impressões religiosas e tirar o gosto por divertimentos tranqüilos e realidades sensatas da vida do que as diversões teatrais. PH 60 1 O amor a esses espetáculos aumenta cada vez mais, assim como o desejo de bebidas alcoólicas se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é evitar o teatro, o circo e qualquer outro lugar de diversão duvidosa. PH 60 2 Há formas de recreação que são muito benéficas, tanto para o corpo como para a mente. Uma mente esclarecida e seletiva encontrará muitos meios de entretenimento e diversão em fontes não apenas inocentes, mas instrutivas. A recreação ao ar livre e a contemplação das obras de Deus na natureza trarão muito benefício. -- Testemunhos Para a Igreja 4:651-653. Prover prazeres inocentes PH 60 3 Os jovens não podem se tornar tão quietos e sérios como as pessoas de idade, nem a criança tão sisuda quanto o pai. Embora as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, procurem os pais, professores ou pessoas delas encarregadas substituí-las por entretenimentos inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não obriguem os jovens a regras e restrições rígidas, que os levem a sentir-se oprimidos, e a infringi-las, lançando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e ponderada, mantenham as rédeas do governo, guiando e dirigindo-lhes a mente e propósitos, não obstante com tanta delicadeza, tanta sabedoria e amor que eles reconheçam que vocês ainda têm em vista o seu melhor. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 335. Trabalho voluntário como meio de recreação PH 60 4 As horas tão freqüentemente passadas em diversões que não restauram as forças nem do corpo nem da mente devem ser gastas em visitar os pobres, doentes e os sofredores, ou em ajudar alguém que se ache em necessidade. -- Testemunhos Seletos 2:514. ------------------------Capítulo 23 -- O prejuízo PH 61 1 Peço aos estudantes de nossas escolas que sejam sensatos. A futilidade dos jovens não é agradável a Deus. Suas brincadeiras e jogos abrem a porta a um mundo de tentações. Estão de posse do dom celeste de Deus em suas faculdades intelectuais, e não devem permitir que seus pensamentos sejam vulgares e baixos. O caráter formado em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus revelará princípios firmes, puras e nobres aspirações. O Espírito Santo coopera com as faculdades da mente humana, e impulsos elevados e santos são o resultado certo. ... PH 61 2 As festas baixas e comuns, reuniões para comer e beber, cantar e tocar instrumentos musicais, são inspiradas por um espírito que é de baixo. São uma oferenda a Satanás. ... PH 61 3 Alguns que lideram essas futilidades trazem sobre a causa de Deus uma mancha que não pode ser facilmente apagada. Ferem a própria alma, e levarão as cicatrizes pelo resto da vida. O malfeitor pode ver seus pecados e arrepender-se, e Deus pode perdoar o transgressor; mas o poder de discernimento, que sempre deve ser mantido vivo e sensível para distinguir entre o sagrado e o comum, é em grande medida destruído. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 366-368. ------------------------Capítulo 24 -- Alegria na religião PH 61 4 A futura habitação dos justos e sua recompensa eterna são temas elevados e enobrecedores para os jovens considerarem. Demorem-se no maravilhoso plano da salvação, o grande sacrifício feito pelo Rei da glória a fim de serem elevados pelos méritos de Seu sangue, e pela obediência serem finalmente exaltados ao trono de Cristo. Esse assunto deve ocupar a mais nobre meditação da mente. Ser levado à graça de Deus -- que privilégio! ... PH 62 1 Jovens amigos, vi que vocês podem ser felizes com uma ocupação e recreação dessa natureza. Mas a razão por que estão inquietos é que não buscam a única Fonte verdadeira de felicidade. Vocês estão sempre tentando encontrar fora de Cristo a satisfação que se encontra unicamente nEle. NEle não há esperanças frustradas. Oração -- oh, como esse precioso privilégio é negligenciado! A leitura da Palavra de Deus prepara a mente para a oração. Uma das maiores razões por que vocês têm tão pouca disposição para aproximar-se mais de Deus pela oração é que se tornaram incapacitados para essa obra sagrada por causa da leitura de histórias fascinantes, que envenenam a imaginação e despertam paixões pecaminosas. A Palavra de Deus se torna desagradável, a hora da oração é esquecida. A oração é a força do cristão. Quando sozinho, não se encontra só; sente a presença dAquele que disse: "Lembrem-se disto: Eu estou com vocês todos os dias." Mateus 28:20. PH 62 2 Os jovens precisam exatamente daquilo que lhes falta; isto é: religião. Nada pode tomar o lugar dela. Simplesmente professar não quer dizer nada. Nomes são registrados nos livros da igreja, mas não no livro da vida. Vi que não existe um entre vinte jovens que sabe o que é a religião experimental. Servem a si mesmos, e ainda dizem ser servos de Cristo; mas a menos que se quebre o encanto que está sobre eles, logo perceberão que a parte que lhes cabe é a do transgressor. Quanto à abnegação ou sacrifício por amor da verdade, descobriram um caminho mais fácil. No que diz respeito ao fervoroso suplicar com lágrimas e grande clamor a Deus por Sua perdoadora graça, e por forças dEle para resistir às tentações de Satanás, julgam desnecessário ser tão fervorosos e zelosos; podem passar bem sem isso. Cristo, o Rei da glória, foi freqüentemente para as montanhas e lugares desertos para expor os pedidos de Seu coração ao Pai; mas o homem pecador, em quem não há força, pensa que pode viver sem muita oração. -- Testemunhos Para a Igreja 1:503-505. O exemplo de Jesus PH 63 1 Jesus reprovava a condescendência própria em todas as suas formas, todavia Ele era de natureza sociável. Aceitava a hospitalidade de todas as classes, visitando o lar dos ricos e pobres, cultos e ignorantes, procurando elevar-lhes os pensamentos das coisas comuns da vida para as espirituais e eternas. Não consentia com o desperdício, e nenhuma sombra de leviandade mundana manchou Sua conduta; todavia, Se alegrava em cenas de inocente felicidade, e com Sua presença aprovava as reuniões sociais. -- O Desejado de Todas as Nações, 150, 151. ------------------------Capítulo 25 -- Recreação cristã PH 63 2 Mesmo que estejamos buscando refrigerar o espírito e revigorar o corpo, Deus exige que empreguemos as nossas forças para o melhor propósito. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que estejamos melhor habilitados para o máximo sucesso no desempenho dos nossos deveres, e nossa influência será mais benéfica sobre os que nos rodeiam. Podemos retornar dessas ocasiões para nossa casa com a mente descansada e revigorados fisicamente, preparados para entregar-nos de novo ao trabalho com mais esperança e melhor ânimo. ... PH 63 3 Estamos aqui para beneficiar a humanidade e ser uma bênção para a sociedade; e se permitirmos que nossa mente se envolva naquele canal inferior em que seguem os pensamentos dos que buscam apenas vaidade e extravagância, como poderemos ser um benefício para nossa raça e geração? Como ser uma bênção à sociedade a nossa volta? ... Contraste de princípios PH 63 4 Entre a associação dos seguidores de Cristo em busca de recreação cristã e as reuniões mundanas à procura de prazer e divertimento, deve existir um contraste visível. Em vez de oração e da menção de Cristo e das coisas sagradas, se ouvirão dos lábios dos mundanos o riso tolo e a conversação fútil. A idéia é ter um período de grande divertimento geral. Suas diversões começam em tolice e terminam em vaidade. Nossas reuniões e nossa conduta devem ser dirigidas de tal maneira que quando voltarmos para casa possamos ter a consciência livre de ofensa para com Deus e o homem; a consciência de não termos ferido ou prejudicado de algum modo aqueles com quem entramos em contato, ou de termos exercido influência nociva sobre eles. PH 64 1 A mente natural tende para o prazer e a satisfação egoístas. É método de Satanás providenciar abundância dessas coisas. Tenta encher a mente dos homens com o desejo por diversões mundanas, para que eles não tenham tempo de perguntar a si mesmos: Como vai minha salvação? O amor ao prazer é infeccioso. Se a mente for entregue a ele, vai de um a outro ponto, buscando sempre algum entretenimento. A obediência à lei de Deus neutraliza essa inclinação, e constrói barreiras contra a impiedade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 336, 337. PH 64 2 Os rapazes devem lembrar-se de que são responsáveis por todos os privilégios que têm desfrutado, pelo aproveitamento do tempo, e pelo devido uso de suas habilidades. Talvez perguntem: É proibido ter algum divertimento ou recreação? Só devemos trabalhar, trabalhar, trabalhar, sem variação? PH 64 3 Qualquer atividade na qual você puder se envolver pedindo sobre ela, com fé, a bênção de Deus, não será perigosa. Mas todo divertimento que desqualifica para a oração particular, para a devoção, ou para tomar parte nas reuniões de oração, não é seguro, mas perigoso. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 337. ------------------------Capítulo 26 -- Atividades sociais PH 65 1 Reuniões de intercâmbio social tornam-se proveitosas e instrutivas no mais alto grau quando os que se reúnem têm o amor de Deus ardendo no coração; quando se encontram para trocar idéias quanto à Palavra de Deus, ou considerar métodos para o progresso de Sua obra e a maneira de fazer o bem a seus semelhantes. Quando o Espírito Santo é considerado como hóspede bem-vindo a essas reuniões, quando nada é dito ou feito para afastá-Lo com tristeza, Deus é honrado, e os que se reúnem são revigorados e fortalecidos. PH 65 2 Mas há reuniões sociais de outro tipo, onde o orgulho da aparência, a hilaridade e a futilidade muitas vezes se manifestam. Em seu desejo de divertir-se, os que as freqüentam estão em perigo de esquecer a Deus, e acontecem coisas que fazem os anjos da guarda chorar. A cena de prazer torna-se, no momento, o seu paraíso. Todos se entregam ao riso e alegria ruidosos. Os olhos brilham, a face fica vermelha; mas a consciência adormece. Falta de espiritualidade PH 65 3 Tal entusiasmo e inspiração não são de origem celeste. Provêm inteiramente da Terra. Com tristeza, os anjos do Céu contemplam o esquecimento daqueles por quem Cristo tem feito tanto. Quando sobrevêm doença e morte àqueles que viveram meramente para agradar a si mesmos, descobrem tarde demais que não possuem azeite em suas lâmpadas, e que estão completamente incapacitados para encerrar sua história terrestre. PH 65 4 O teor da conversação mantida em muitas reuniões sociais revela onde o coração é colocado. Os assuntos fúteis, os gracejos tolos, falados apenas para produzir riso, não representam devidamente a Cristo. Os que os proferem não gostariam de enfrentar o registro de suas palavras. Impressões erradas são produzidas nos ouvintes, e descrédito é lançado sobre Cristo. Oh, se os jovens cuidassem bem de suas palavras! Pois através delas serão justificados ou condenados. Lembre-se de que Jesus está ao seu lado, aonde você for, observando suas ações e ouvindo suas palavras. Ficaria você envergonhado ao ouvir Sua voz lhe falando, e sabendo que Ele ouve sua conversação? ... PH 66 1 A pessoa que um dia foi uma cristã fervorosa e que toma parte nos divertimentos mundanos encontra-se em terreno perigoso. Deixou a região impregnada da atmosfera vital do Céu, e lançou-se numa atmosfera de neblina e cerração; pois em muitos casos as festas e reuniões de diversão são uma vergonha à religião de Cristo. PH 66 2 Quem mantém ligação com Deus não pode, de coração, participar delas. As palavras que ouve não se acham em harmonia com seus gostos; pois não são a linguagem de Canaã. Os que estão falando não dão provas de que estejam elevando melodias a Deus em seu coração. Influências sutis PH 66 3 Os superficiais no caráter e na experiência religiosa são rápidos em se reunir para se alegrar e divertir-se, e sua influência atrai a outros. Algumas vezes moços e moças que estão tentando ser cristãos segundo a Bíblia são convencidos a unir-se ao grupo. Não querendo ser considerados como esquisitos, e naturalmente inclinados a seguir o exemplo dos outros, colocam-se sob a influência daqueles que, talvez, nunca sentiram o toque divino na mente ou no coração. Se eles tivessem consultado com oração o padrão divino, para aprender o que Cristo disse a respeito do fruto que deve ser produzido pela árvore cristã, compreenderiam que esses entretenimentos eram realmente banquetes preparados para impedir que as pessoas aceitassem o convite para a ceia das bodas do Cordeiro. PH 66 4 Algumas vezes acontece que, freqüentando lugares de diversões, jovens que foram cuidadosamente instruídos no caminho do Senhor são iludidos pelo brilho da influência humana, fazendo amizade com aqueles cuja educação e hábitos têm sido de caráter mundano. Vendem-se a uma existência de servidão ao unirem-se com pessoas que não têm a beleza de um espírito semelhante ao de Cristo. Os que amam e servem verdadeiramente a Deus temerão descer ao nível do mundo ao escolher a companhia de pessoas que não têm Cristo reinando no coração. Permanecerão corajosamente ao lado de Jesus, ainda que sua vida tenha de ser de abnegação e sacrifício. Solução para a futilidade PH 67 1 Cristo viveu uma vida de serviço e sacrifício por nós. Será que não podemos fazer algo por Ele? Não são a expiação que Ele fez por nós e a justiça que deseja nos comunicar temas dignos de ocupar a mente? Se os jovens tirarem do tesouro da Bíblia as riquezas que ela contém, se meditarem no perdão, paz e justiça eterna que enchem a vida de abnegação, não terão o desejo de emoções e divertimentos duvidosos. PH 67 2 Cristo Se alegra quando os pensamentos dos jovens se ocupam com os grandes e enobrecedores temas da salvação. Ele entra no coração de todos esses como hóspede permanente, enchendo-os de alegria e paz. E o amor de Cristo na alma é como "uma fonte de água que dará vida eterna". João 4:14. ... Os que possuem esse amor terão prazer em falar das coisas que Deus tem preparado para aqueles que O amam. PH 67 3 O eterno Deus traçou a linha de separação entre os santos e os pecadores, entre os convertidos e os não convertidos. As duas classes não se misturam de forma imperceptível, como as cores do arco-íris, mas são tão distintas como o meio-dia e a meia-noite. O povo de Deus não pode com segurança relacionar-se intimamente com os que conhecem a verdade, mas não a praticam. O patriarca Jacó, falando de certos atos de seus filhos, os quais o horrorizavam, exclamou: "Não estarei presente quando fizerem planos, não tomarei parte nas suas reuniões." Gênesis 49:6. Sentiu que sua própria honra se comprometeria se ele se associasse com pecadores em suas ações. Ergueu o sinal de perigo, advertindo-nos a evitar más companhias, para que não sejamos manchados pelo mal. E o Espírito Santo, por intermédio do apóstolo Paulo, emite uma advertência similar: "Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz." Efésios 5:11. -- The Youth's Instructor, 4 de Fevereiro de 1897. Reuniões sociais aceitáveis PH 68 1 Todo talento no sentido da influência deve ser sagradamente desenvolvido e usado com o fim de ganhar pessoas para Cristo. Moços e moças não devem pensar que seus jogos, festas e entretenimentos musicais, como geralmente são dirigidos, são aceitáveis a Cristo. PH 68 2 Repetidamente me tem sido dada luz no sentido de que todas as nossas reuniões sociais devem ser caracterizadas por uma clara influência religiosa. Se nossos jovens se reunissem para ler e entender as Escrituras, perguntando: "Que posso fazer para conseguir a vida eterna?" e então se colocassem unidos ao lado da verdade, o Senhor Jesus faria descerem Suas bênçãos ao coração deles. PH 68 3 Oh, se todo membro da igreja, todo obreiro de nossas instituições compreendesse que esta vida é uma escola na qual nos preparamos para o exame do Deus do Céu, quanto à castidade, pureza de pensamento, abnegação nas ações! Cada palavra e ato, cada pensamento, é anotado nos livros de registro do Céu. ... PH 68 4 É através do poder e da eficácia da verdade que devemos ser santificados e elevados à verdadeira dignidade do padrão estabelecido na Palavra. O caminho do Senhor só pode ser aprendido através da mais cuidadosa obediência à Sua Palavra. Estude a Palavra. -- The Youth's Instructor, 14 de Agosto de 1906. ------------------------Capítulo 27 -- Como passar os feriados PH 69 1 A recreação é necessária aos que se acham ocupados em trabalho físico, e é ainda mais essencial àqueles cujo trabalho é especialmente mental. Não é essencial à nossa salvação, nem para a glória de Deus, manter a mente em constante e excessivo trabalho, mesmo sobre temas religiosos. Há diversões, tais como a dança, o jogo de cartas, xadrez, damas, etc., que não podemos aprovar, porque o Céu as condena. Essas diversões abrem a porta a grandes males. Não são benéficas em sua tendência, antes exercem um efeito excitante, produzindo em algumas mentes uma paixão por essas diversões que conduzem aos jogos de azar e ao desperdício. Todos esses divertimentos devem ser condenados pelos cristãos, e algo completamente inofensivo deve ocupar o seu lugar. PH 69 2 Vi que não devemos passar nossos feriados seguindo o exemplo do mundo, mas não devemos ignorá-los, pois isso traria descontentamento aos nossos filhos. Nestes dias em que há perigo de nossos filhos serem expostos às más influências e serem corrompidos pelos prazeres e agitações do mundo, os pais devem estudar uma forma de proporcionar algo que substitua os entretenimentos mais perigosos. Devem mostrar aos filhos que desejam o bem-estar e a felicidade deles. PH 69 3 Juntem-se várias famílias que residam numa cidade ou vila, e deixem as ocupações que as cansaram física e mentalmente, e façam uma excursão ao campo, às margens de um belo lago ou a um bonito bosque, onde o cenário da natureza seja lindo. Devem levar alimentos simples e saudáveis, as melhores frutas e cereais, pondo a mesa sob a sombra de alguma árvore ou sob a cobertura do céu. A viagem, o exercício e a paisagem despertarão o apetite, e poderão desfrutar uma refeição que causaria inveja aos próprios reis. PH 70 1 Nessas ocasiões, pais e filhos devem sentir-se livres de toda preocupação com o trabalho e outros problemas. Os pais devem tornar-se crianças com seus filhos, fazendo com que tudo seja tão agradável quanto possível. Seja o dia todo dedicado à recreação. PH 70 2 O exercício ao ar livre, para aqueles cujo trabalho é dentro de algum ambiente fechado e sedentário, será benéfico à saúde. Todos os que podem, devem sentir o dever de adotar esse procedimento. Nada se perderá; mas se ganhará muito. Podem retornar às suas ocupações com nova vida e novo ânimo para envolver-se em seu trabalho com mais zelo, e estarão melhor preparados para resistir às doenças. -- Testemunhos Para a Igreja 1:514, 515. Fontes cristãs de prazer PH 70 3 Deus proveu para cada um prazeres que podem ser aproveitados por ricos e pobres igualmente -- o prazer que se encontra em cultivar a pureza de pensamentos e a abnegação nas ações, o prazer que provém de falar palavras de simpatia e praticar atos de bondade. Dos que realizam esse serviço, a luz de Cristo brilha para iluminar vidas obscurecidas por muitas mágoas. -- Testemunhos Para a Igreja 9:57. ------------------------Capítulo 28 -- Uma alternativa às sociedades literárias PH 70 4 Surge muitas vezes a pergunta: São as sociedades literárias benéficas aos nossos jovens? Para responder a essa pergunta, devemos considerar não apenas o objetivo declarado dessas sociedades, mas a influência que têm realmente exercido, como prova a experiência. O desenvolvimento da mente é um dever que temos para com nós mesmos, a sociedade e Deus. Mas nunca devemos imaginar meios de cultivo para o intelecto à custa da moral e do espiritual. E é apenas através do desenvolvimento harmonioso tanto das faculdades mentais como morais que se pode alcançar a mais elevada perfeição de cada uma. São esses resultados conseguidos por meio das sociedades literárias da forma que geralmente são dirigidas? PH 71 1 As sociedades literárias estão exercendo quase mundialmente uma influência contrária àquilo que o nome indica. Como são em geral dirigidas, tornam-se um dano à juventude, pois Satanás se introduz para imprimir sua marca nas atividades. Tudo quanto torna varonil o homem e feminina a mulher é um reflexo do caráter de Cristo. Quanto menos tivermos de Cristo em tais sociedades, tanto menos possuiremos do elemento que eleva, refina e enobrece, que aí deveria predominar. Quando os mundanos dirigem essas reuniões para satisfazer os próprios desejos, o espírito de Cristo é excluído. A mente é desviada das sérias reflexões, de Deus, do que é real e importante, para o imaginário e insignificante. Sociedades literárias -- quem dera que o nome lhes exprimisse o verdadeiro caráter! O que é a palha em comparação com o trigo? PH 71 2 Os propósitos e objetivos que levam à formação de sociedades literárias podem ser bons; mas a menos que essas organizações sejam dirigidas pela sabedoria vinda de Deus, se tornarão um verdadeiro mal. São geralmente admitidas pessoas profanas e de vida e coração não consagrados, sendo muitas vezes colocadas nas posições de mais responsabilidade. Talvez se adotem regras e regulamentos considerados suficientes para reprimir qualquer influência prejudicial; mas Satanás, um astuto general, está em atividade para moldar a sociedade de acordo com seus planos e, a seu tempo, é muitas vezes bem-sucedido. PH 71 3 O grande adversário encontra fácil acesso àqueles a quem tem dominado anteriormente, e através deles cumpre seu propósito. Vários entretenimentos são introduzidos para tornar as reuniões interessantes e atrativas para os mundanos, e assim as atividades da chamada sociedade literária degeneram muitas vezes em representações teatrais desmoralizantes e tolices vulgares. Todas essas satisfazem a mente carnal, que está em inimizade com Deus, mas não fortalecem o intelecto nem confirmam a moral. PH 72 1 A associação dos que temem a Deus com os incrédulos nessas sociedades não torna santos os pecadores. Quando o povo de Deus se une voluntariamente com os mundanos e não consagrados, dando-lhes a prioridade, se afastarão dEle pela influência não santificada sob a qual se colocaram. Por um pouco de tempo pode não haver nada seriamente objetável, mas a mente que não está sob o controle do Espírito de Deus não se entregará facilmente às coisas que se inspiram na verdade e justiça. Se tivessem até então qualquer gosto pelas coisas espirituais, teriam se colocado nas fileiras de Jesus Cristo. As duas classes são dirigidas por diferentes senhores, e são opostas em seus propósitos, esperanças, gostos e desejos. Os seguidores de Cristo apreciam assuntos sóbrios, sensatos, enobrecedores, enquanto os que não têm amor pelas coisas sagradas não podem ter prazer nessas reuniões, a menos que o superficial e irreal constitua o aspecto importante do programa. Pouco a pouco o elemento espiritual é dominado pelo profano, e o esforço de harmonizar princípios antagônicos em sua natureza demonstra-se um decidido fracasso. PH 72 2 Têm-se feito esforços no intuito de formular um plano para o estabelecimento de uma sociedade literária que se demonstre benéfica a todos ligados a ela -- uma sociedade em que todos os membros sintam a responsabilidade moral de torná-la o que ela deve ser e evitar os males que muitas vezes tornam essas associações perigosas aos princípios religiosos. Pessoas discretas e de bom discernimento, que têm viva ligação com o Céu, que vêem as más tendências, e, não iludidas por Satanás, avançarão no caminho da integridade, erguendo continuamente a bandeira de Cristo -- essas são as pessoas necessárias no comando dessas sociedades. Tal influência imporá respeito, e tornará essas reuniões uma bênção em vez de maldição. PH 72 3 Se homens e mulheres de idade madura se unissem aos jovens para organizar e dirigir uma sociedade literária, ela poderia tornar-se tanto útil como interessante. Mas quando tais reuniões se transformam em ocasiões de brincadeira e risadas barulhentas, são tudo, menos literárias ou próprias para elevar. Antes rebaixam tanto o espírito como a moral. PH 73 1 A leitura da Bíblia, o exame crítico de seus temas, esboços escritos sobre tópicos que desenvolveriam a mente e transmitiriam conhecimento, o estudo das profecias ou das preciosas lições de Cristo -- isso terá influência para fortalecer as faculdades mentais e aumentar a espiritualidade. A familiarização com as Escrituras aguça o discernimento e fortifica a mente contra os ataques de Satanás. PH 73 2 Poucos compreendem que é um dever exercer domínio sobre os pensamentos e a imaginação. É difícil manter a mente indisciplinada fixa em assuntos proveitosos. Mas se os pensamentos não são devidamente empregados, a religião não pode florescer na alma. A mente deve preocupar-se com coisas sagradas e eternas, ou nutrirá pensamentos levianos e superficiais. Tanto as faculdades intelectuais como as morais devem ser disciplinadas, e pelo exercício se fortalecerão e aumentarão. ... PH 73 3 O intelecto, do mesmo modo que o coração, deve ser consagrado ao serviço de Deus. Ele tem direito a tudo que há em nós. Não importa quão inocente ou louvável lhe pareça, o seguidor de Cristo não deve condescender com qualquer satisfação ou envolver-se em qualquer empreendimento que uma consciência esclarecida lhe mostre que enfraqueceria o entusiasmo ou diminuiria a espiritualidade. Todo cristão deve trabalhar para repelir a onda de mal, e salvar nossos jovens das influências que os arrastariam à ruína. Deus nos ajude a resistir à corrente. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 541-544. ------------------------Capítulo 29 -- A dança PH 74 1 O verdadeiro cristão não desejará entrar em nenhum lugar de diversão nem envolver-se em nenhum entretenimento sobre o qual não possa pedir a bênção de Deus. Não será encontrado no teatro e nos salões de jogos. Não se unirá aos alegres dançantes, nem se entregará a qualquer outro prazer enfeitiçante que lhe venha afastar a Cristo da mente. PH 74 2 Aos que defendem essas diversões, respondemos: Não podemos aceitá-las em nome de Jesus de Nazaré. A bênção de Deus não seria invocada sobre a hora passada no teatro ou na dança. Nenhum cristão desejaria morrer em tal lugar. Ninguém gostaria de ser encontrado lá quando Cristo vier. PH 74 3 Quando chegarmos à hora final, e ficarmos face a face com o registro de nossa vida, acaso lamentaremos termos comparecido a tão poucas festas de diversão? Ou de termos participado de tão poucas cenas de leviana alegria? Não lamentaremos muito mais as horas desperdiçadas em satisfação egoísta -- tantas oportunidades negligenciadas que, devidamente aproveitadas, teriam nos garantido tesouros imortais? PH 74 4 Tem-se tornado costume entre os que professam a religião desculpar quase toda condescendência nociva a que o coração está ligado. Pela familiaridade com o pecado, tornam-se cegos à sua enormidade. Muitos que afirmam ser filhos de Deus tentam disfarçar os pecados que Sua Palavra condena, procurando unir algum objetivo de caridade da igreja com suas farras ímpias. Assim tomam emprestadas as vestes do Céu para com elas servir ao diabo. Pessoas são enganadas, induzidas ao erro e perdidas para a virtude e integridade por esses desperdícios ao sabor da moda. No caminho perigoso PH 74 5 Em muitas famílias religiosas, a dança e o jogo de cartas são usados como brincadeiras de salão. Alegam que são entretenimentos tranqüilos, domésticos, que podem ser desfrutados com segurança sob as vistas paternas. Mas o amor por esses prazeres excitantes é assim cultivado, e o que era considerado inofensivo em casa não será por muito tempo visto como perigoso lá fora. Resta ainda ver se algo bom pode ser obtido desses divertimentos. Eles não dão força ao corpo nem descanso à mente. Não introduzem na alma um sentimento virtuoso ou santo. Ao contrário, destroem todo gosto pelos pensamentos sérios e pelos cultos. É verdade que existe uma grande diferença entre a melhor classe de seletas festinhas e as promíscuas e degradantes reuniões do baixo salão de baile. Todavia, são todos passos no caminho perigoso. PH 75 1 O divertimento da dança, como conduzido em nossos dias, é uma escola de depravação, uma terrível maldição para a sociedade. Se todos em nossas grandes cidades que são anualmente arruinados por esse meio pudessem ser reunidos, quantas histórias de vidas destruídas seriam reveladas! Quantos que agora estão prontos a defender esse costume se encheriam de angústia e espanto com os resultados! Como podem pais declaradamente cristãos consentir em colocar seus filhos no caminho da tentação, ao participar com eles de tais cenas de festividade? Como podem moços e moças trocar sua salvação por esse prazer sedutor? -- The Review and Herald, 28 de Fevereiro de 1882. O perigo das diversões PH 75 2 O amor aos prazeres é um dos mais perigosos, porque é uma das tentações mais sutis, dentre as muitas que assaltam crianças e jovens nas cidades. São muitos os feriados; jogos e corridas de cavalos atraem milhares, e o redemoinho da excitação e do prazer os afasta dos deveres sensatos da vida. O dinheiro que devia ter sido poupado para fins melhores -- em muitos casos os escassos ganhos do pobre -- é desperdiçado com divertimentos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 422. Dirigidos por princípios PH 75 3 Muitos têm tanto medo de provocar críticas desagradáveis ou comentários maliciosos que não ousam agir segundo os princípios. Não têm coragem de identificar-se com os que seguem totalmente a Cristo. Desejam harmonizar-se com os costumes do mundo e obter a aprovação dos mundanos. Cristo Se deu por nós "a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a Ele e que se dedica a fazer o bem". Tito 2:14. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1887. ------------------------Capítulo 30 -- Sociabilidade objetiva PH 78 1 Todos que pregam a Palavra de Deus e receberam o evangelho de Sua graça devem seguir o exemplo de Cristo de interessar-Se pela humanidade. Não devemos renunciar ao convívio social. Não devemos nos separar dos outros. Para que atinjamos todas as classes, precisamos ir ao encontro delas onde estiverem. Raramente elas nos procurariam por sua livre vontade. Não é somente do púlpito que o coração das pessoas é tocado pela verdade divina. Há outro campo de trabalho, talvez mais humilde, mas igualmente produtivo. Encontra-se no lar do humilde e na mansão do grande; na mesa hospitaleira e em reuniões de inocente entretenimento. PH 78 2 Como discípulos de Cristo não devemos nos misturar com o mundo por mero amor ao prazer, para unir-nos a eles na insensatez. Essas associações só podem trazer prejuízo. Nunca devemos aprovar o pecado através de nossas palavras ou ações, nosso silêncio ou presença. Aonde quer que formos, devemos levar Jesus conosco e revelar aos outros a preciosidade de nosso Salvador. Mas os que tentam esconder sua religião dentro de muros de pedras perdem preciosas oportunidades de fazer o bem. Por meio das relações sociais, o cristianismo entra em contato com o mundo. Todos aqueles que receberam iluminação divina devem iluminar o caminho dos que não conhecem a Luz da vida. Todos devemos nos tornar testemunhas de Jesus. O poder social, santificado pela graça de Cristo, deve ser aperfeiçoado em atrair pessoas para o Salvador. Que o mundo veja que não estamos egoistamente preocupados com nossos próprios interesses, mas que desejamos que outros participem das bênçãos e privilégios que desfrutamos. Vejam eles que nossa religião não nos torna antipáticos ou exigentes. Que todos os que professam ter encontrado a Cristo contribuam para o bem dos homens, como Ele fez. PH 79 1 Nunca deveríamos dar ao mundo a falsa impressão de que os cristãos são pessoas tristes e infelizes. Se nossos olhos estiverem fixos em Jesus, veremos um Redentor compassivo, e receberemos luz de Seu semblante. Onde quer que reine o Seu espírito, aí habita a paz. E haverá alegria também, pois há uma calma e santa confiança em Deus. PH 79 2 Cristo fica feliz com Seus seguidores quando mostram que, embora humanos, são participantes da natureza divina. Não são estátuas, mas homens e mulheres vivos. Seu coração, refrigerado pelo orvalho da graça divina, abre-se e expande-se ao Sol da Justiça. A luz que brilha sobre eles é refletida sobre outros em obras iluminadas pelo amor de Cristo. -- O Desejado de Todas as Nações, 152, 153. Convívio influencia destino PH 79 3 A Palavra de Deus dá grande ênfase à influência das amizades, mesmo entre homens e mulheres. Quanto maior não será seu poder sobre a mente e o caráter em formação de crianças e jovens! As amizades que têm, os princípios que adotam, os hábitos que formam, decidirão a questão de sua utilidade aqui, bem como de seu destino futuro. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 220. ------------------------Capítulo 31 -- Intercâmbio amigável PH 79 4 A sociabilidade cristã é, na verdade, bem pouco cultivada pelo povo de Deus. Esse ramo da educação não deve ser negligenciado ou perdido de vista em nossas escolas. PH 79 5 Os alunos devem ser ensinados que não são átomos independentes, mas que cada um é um fio que deve se unir a outros fios na composição de um tecido. Em nenhum departamento essa instrução pode ser dada com mais eficácia do que na escola doméstica. Aí os alunos são diariamente cercados de oportunidades que, se aproveitadas, ajudarão muito no desenvolvimento dos traços de caráter deles. Está no poder deles próprios aproveitarem de tal maneira o tempo e oportunidades que formem um caráter que os torne úteis e felizes. Os que se fecham em si mesmos, que não estão dispostos a se esforçarem para beneficiar outros através do convívio amigável, perdem muitas bênçãos. Pois através do contato mútuo, a mente é aperfeiçoada e refinada; pelo intercâmbio social formam-se relações e amizades que resultam em unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. PH 80 1 Especialmente os que provaram o amor de Cristo devem desenvolver suas habilidades sociais, porque dessa maneira podem ganhar pessoas para o Salvador. Cristo não deve ficar escondido no coração deles, encerrado como um tesouro cobiçado, sagrado e agradável, a ser desfrutado apenas por eles próprios; nem deve o amor de Cristo ser manifestado unicamente àqueles que são do seu agrado. PH 80 2 Aos estudantes deve ser ensinado o exemplo de Cristo em exibir um interesse bondoso, um temperamento sociável, para com aqueles que tenham mais necessidade, embora não sejam os companheiros de sua preferência. Em todo tempo e lugar, Jesus manifestava amorável interesse pela família humana, e irradiava de Si a luz da piedade cordial. Os alunos devem ser ensinados a seguir os Seus passos. Devem ser ensinados a manifestar interesse cristão, simpatia e amor por seus novos companheiros, e esforçar-se para atraí-los a Jesus. Cristo deve estar no coração deles como uma Fonte de água que flui para a vida eterna, refrigerando a todos com quem entram em contato. PH 80 3 É esse ministério voluntário e amorável pelos outros em tempos de necessidade que Deus considera precioso. Assim, mesmo enquanto freqüentam a escola, os alunos podem ser missionários vivos de Deus, uma vez que sejam fiéis à fé que professam. Tudo isso levará tempo; mas o tempo assim gasto é bem empregado, pois dessa forma o aluno está aprendendo a maneira de apresentar o cristianismo ao mundo. PH 81 1 Cristo não Se recusava a associar-Se aos outros em intercâmbio amigável. Quando convidado a uma festa por um fariseu ou publicano, aceitava o convite. Nessas ocasiões, cada palavra que Ele proferia era um bálsamo de vida a Seus ouvintes; pois tornava a hora da refeição uma oportunidade para comunicar muitas lições preciosas apropriadas à necessidade deles. Assim Cristo ensinava a Seus discípulos como se conduzirem quando em companhia dos não religiosos, da mesma maneira que ao estar com os que o eram. -- Testemunhos Seletos 2:437-439. ------------------------Capítulo 32 -- Princípios de orientação PH 81 2 Nossa vida pertence a Jesus. Ele pagou um preço altíssimo e intercede perante o Pai como nosso Mediador, rogando não como um suplicante, mas como um vencedor que reclama aquilo que Lhe pertence. Ele é capaz de salvar completamente, pois vive sempre para interceder por nós. Uma vida jovem é uma oferta preciosa, o mais valioso presente que pode ser oferecido a Deus. Tudo o que você é, todas as habilidades que possui, são um sagrado depósito que Deus lhe confia, para devolver a Ele novamente em oferta voluntária e santa. Você não pode oferecer nada a Deus que Ele não tenha lhe dado primeiramente. Portanto, quando o coração é entregue a Deus, Lhe está sendo dado um presente que Ele já comprou e que Lhe pertence. PH 81 3 Há muitas coisas que exigem o tempo, as afeições e a força dos jovens. Satanás reclama a juventude como sua propriedade, e um grande número atribui a ele toda a habilidade, todo o talento que possuem. O mundo quer o seu coração jovem; mas esse coração pertence Àquele que o salvou. Se for entregue ao mundo, será enchido de preocupação, tristeza e esperanças frustradas; se tornará impuro e corrompido. Seria o pior tipo de roubo dar ao mundo as afeições de seu coração e serviço, porque pertencem a Deus. Você não pode entregar o coração à busca dos prazeres e ainda ter vantagens. PH 82 1 O inimigo da justiça tem todo tipo de prazer preparado para os jovens em todas as circunstâncias da vida; e elas não se apresentam apenas nas grandes cidades, mas em todo lugar habitado por seres humanos. Satanás gosta muito de prender os jovens em suas fileiras como soldados. O arquiinimigo sabe bem com que material tem de lidar; e tem exibido sua sabedoria infernal em inventar costumes e prazeres que separarão as afeições dos jovens de Jesus Cristo. ... O pródigo PH 82 2 A lição do pródigo foi dada para o ensino dos jovens. Em sua vida de prazer e condescendência pecaminosa, ele gastou a herança numa vida desregrada. Acabou sem amigos e em um país estranho; mal vestido, faminto, desejando até mesmo a comida dada aos porcos. Sua última esperança foi retornar, arrependido e humilhado, à casa de seu pai, onde foi bem recebido, perdoado e novamente aceito pelo pai. Muitos jovens estão fazendo como ele, vivendo uma vida descuidada, amante dos prazeres, esbanjadora, abandonando a fonte de águas vivas, do verdadeiro prazer, e cavando para si poços rachados, que não podem reter água. O convite de Deus PH 82 3 O convite de Deus atinge a cada jovem: "Meu filho, entregue-Me seu coração; Eu o conservarei puro; satisfarei os anseios dele com verdadeira felicidade." Deus Se alegra em tornar os jovens felizes, e é por isso que deseja que Lhe entreguem o coração para guardar, para que todas as habilidades concedidas por Ele possam manter-se em condições vigorosas e saudáveis. Estão de posse do dom de Deus, que é a vida. Ele faz o coração pulsar; dá força a cada capacidade. A pura alegria não deprecia nenhum dos dons de Deus. Pecamos contra nosso próprio corpo, e pecamos contra Deus quando buscamos prazeres que separam nossas afeições de Deus. Os jovens devem considerar que são colocados no mundo para uma prova, para mostrar se têm caráter que os habilite para viver com os anjos. PH 83 1 Quando os seus companheiros insistem para que você siga os caminhos do vício e da loucura, e todos os que o rodeiam o tentam a esquecer-se de Deus, a destruir as habilidades que Ele lhe confiou, e depreciar tudo o que é nobre em sua natureza, fique firme. Lembre-se de que você é propriedade do Senhor, comprada por preço alto -- o sofrimento e a agonia do Filho de Deus. ... PH 83 2 O Senhor Jesus reclama seu serviço. Ele o ama. Antes de duvidar de Seu amor, olhe para o Calvário. A luz refletida da cruz vai lhe mostrar a grandeza daquele amor que língua alguma pode traduzir. "A pessoa que aceita e obedece aos Meus mandamentos prova que Me ama." João 14:21. Devemos nos familiarizar com os mandamentos de Deus através de cuidadoso estudo; e então mostrar que somos Seus filhos e filhas obedientes. Circundado pela misericórdia PH 83 3 As misericórdias de Deus nos cercam a cada momento; e seria proveitoso considerar como e de onde provêm as bênçãos de todo dia. Que as preciosas bênçãos de Deus despertem a nossa gratidão. Não podemos enumerar as bênçãos de Deus, a constante e amorosa bondade, pois são tão numerosas como as refrescantes gotas da chuva. Nuvens de misericórdia pairam sobre nós, prontas a cair. Se apreciarmos o valioso dom da salvação, seremos sensíveis ao refrigério diário, à proteção e amor de Jesus; e seremos guiados no caminho de paz. PH 83 4 Considere as gloriosas coisas de Deus na natureza, e permita que o coração se encha de gratidão ao Doador. Há, no livro da natureza, estudo proveitoso para a mente. Não seja mal-agradecido e indiferente. Abra os olhos do entendimento; veja a bela harmonia nas leis de Deus na natureza, e tema e reverencie o seu Criador, o supremo Governador do Céu e da Terra. Veja-O, com os olhos da fé, inclinado com amor sobre você, dizendo com ternura: "Meu filho, Minha filha, dê-Me o seu coração." Entregue-se a Jesus e, então, com coração agradecido, diga: "Sei que meu Redentor vive." A sua fé em Jesus dará força a todo propósito e firmeza ao caráter. PH 84 1 Toda felicidade, paz, alegria e sucesso nesta vida dependem de verdadeira e confiante fé em Deus. Essa fé inspirará verdadeira obediência aos mandamentos de Deus. Seu conhecimento e fé em Deus é o mais poderoso freio contra toda má prática e o motivo de todo bem. PH 84 2 Creia em Jesus como Alguém que perdoa seus pecados, que deseja que você seja feliz nas mansões que Ele foi preparar. Ele deseja que você viva em Sua presença; tenha vida eterna e uma coroa de glória. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1887. ------------------------Capítulo 33 -- Bênção ou maldição PH 84 3 É inevitável que os jovens façam amizades, e fatalmente sentirão a influência delas. Há misteriosos laços que unem as pessoas entre si, de modo que o coração de uma responde ao coração da outra. Um capta as idéias, os sentimentos, o espírito do outro. Essa amizade pode ser uma bênção ou uma maldição. Os jovens podem ajudar e fortalecer uns aos outros, melhorando no comportamento, no temperamento, no conhecimento; ou, se permitem a si mesmos tornar-se negligentes e infiéis, podem exercer uma influência desmoralizadora. PH 84 4 A questão da escolha de amizades é algo que os alunos devem aprender a considerar com seriedade. Entre os jovens que freqüentam nossas escolas sempre haverá duas classes -- os que procuram agradar a Deus e obedecer aos professores, e os que estão cheios de um espírito rebelde. Se os jovens seguem a multidão para fazer o mal, sua influência é colocada ao lado do inimigo; desencaminharão aqueles que não têm nutrido princípios de inabalável fidelidade. PH 85 1 Com razão se tem dito: "Dize-me com quem andas, e te direi quem és." O jovem não percebe o quanto seu caráter e reputação são afetados pela escolha de suas amizades. A pessoa busca a companhia daqueles cujos gostos, hábitos e práticas são parecidos com os seus. Os que preferem a companhia dos ignorantes e viciados à dos sábios e bons mostram que seu próprio caráter é defeituoso. A princípio, seus gostos e hábitos podem ser totalmente diferentes daqueles cuja companhia procuram; mas, à medida que se misturam com essa classe, seus pensamentos e sentimentos mudam; sacrificam os princípios corretos e, insensivelmente, mas de maneira inevitável, descem ao nível de suas amizades. Como uma corrente sempre participa das propriedades do solo que atravessa, assim os princípios e hábitos dos jovens tomam invariavelmente a cor do caráter de suas companhias. ... A medida da resistência PH 85 2 A resistência do caráter consiste em duas coisas -- força de vontade e domínio de si próprio. Muitos jovens confundem paixões fortes e não controladas com firmeza de caráter; mas a verdade é que aquele que é governado por suas paixões é um fraco. A verdadeira grandeza e nobreza do homem é medida por sua capacidade de vencer os próprios sentimentos, e não pela capacidade desses sentimentos para vencê-lo. O homem mais forte é aquele que, embora sensível à ofensa, ainda refreia a paixão e perdoa aos inimigos. PH 85 3 Deus nos deu capacidade intelectual e moral; mas, em grande medida, cada um é o arquiteto de seu próprio caráter. Cada dia a estrutura mais se aproxima do final. A Palavra de Deus nos adverte a prestar atenção quanto à maneira como construímos, para ver se nosso edifício está fundado na Rocha eterna. Aproxima-se o tempo em que nossa obra se revelará tal como é. Agora é o tempo para todos cultivarem as faculdades que Deus lhes deu, para que formem caráter aproveitável aqui e para uma vida mais elevada no futuro. PH 86 1 A fé em Cristo como Salvador pessoal dará firmeza e solidez ao caráter. Os que têm genuína fé em Cristo serão sensatos, lembrando-se de que os olhos de Deus estão sobre eles, que o Juiz de todos os homens está pesando os valores morais, que os seres celestes estão observando para ver que tipo de caráter está sendo desenvolvido. PH 86 2 A razão por que os jovens cometem erros tão graves é que não aprendem com a experiência dos que já viveram mais que eles. Os alunos não podem ridicularizar as advertências e instruções de pais e professores. Devem guardar cada lição, compreendendo ao mesmo tempo sua necessidade de ensino mais profundo que qualquer ser humano pode lhes dar. Quando Cristo habita no coração pela fé, Seu Espírito Se torna uma força para purificar e dar vida à pessoa. A verdade no coração não pode deixar de exercer influência corretiva sobre o viver. ... PH 86 3 Lembrem-se os alunos que estão longe de casa, não mais sob a direta influência dos pais, de que o olhar do Pai celeste está sobre eles. Ele ama os jovens. Conhece suas necessidades, compreende suas tentações. Vê neles grandes possibilidades e está pronto a ajudá-los a alcançar o mais elevado padrão, caso reconheçam suas necessidades e busquem nEle o auxílio. PH 86 4 Estudante, noite e dia as orações de seus pais sobem a Deus em favor de você; dia a dia seu amorável interesse o acompanha. Ouça suas súplicas e advertências, e decida que, por todos os meios ao seu alcance, se colocará acima do mal que o circunda. Você não tem idéia de quão traiçoeiramente o inimigo trabalhará para corromper-lhe a mente e os hábitos, e desenvolver em você princípios incorretos. PH 86 5 Você talvez não veja o perigo real ao dar o primeiro passo na futilidade e na busca do prazer, e pense que quando desejar mudar de atitude será capaz de proceder corretamente com tanta facilidade como antes de se entregar ao mal. Mas isso é um engano. Pela escolha de más companhias, muitos têm sido desviados, passo a passo, do caminho da virtude para os abismos da desobediência e libertinagem em que antes achariam impossível imergir. PH 87 1 O aluno que se rende à tentação enfraquece sua influência para o bem, e aquele que, por um procedimento errado, se torna agente do inimigo deve prestar contas a Deus pela parte que desempenhou em pôr pedra de tropeço no caminho de outros. Por que os estudantes se uniriam ao grande apóstata? Por que se tornariam instrumentos para tentar a outros? Por que, em vez disso, não estudariam para ajudar e animar seus colegas e professores? É seu privilégio auxiliar os professores a levar os fardos e enfrentar as dificuldades que Satanás desejaria tornar desanimadoramente pesadas e difíceis. Podem criar uma atmosfera benéfica e animadora. Todo estudante pode experimentar a consciência de estar ao lado de Cristo, mostrando respeito pela ordem, diligência e obediência, e recusando-se a dar o mínimo que seja de sua capacidade ou influência ao grande inimigo de tudo quanto é bom e que eleva. PH 87 2 O estudante que tem conscienciosa consideração pela verdade e uma verdadeira concepção do dever pode fazer muito no sentido de influenciar os colegas na direção de Cristo. Os jovens que estão unidos ao Salvador não serão indisciplinados; não considerarão egoistamente o prazer e satisfação próprios. Porque são um com Cristo em espírito, serão um com Ele em ação. Os estudantes mais velhos de nossas escolas devem lembrar-se de que está em seu poder moldar os hábitos e práticas dos alunos mais novos; e deveriam aproveitar ao máximo cada oportunidade de o fazer. Decidam esses estudantes não entregar seus companheiros nas mãos do inimigo através de sua influência. PH 87 3 Jesus ajudará a todos os que confiarem nEle. Os que estão ligados com Cristo têm felicidade ao seu dispor. Seguem o caminho que o Salvador mostra, crucificando por amor dEle a natureza humana, com suas inclinações e desejos. Eles firmaram suas esperanças em Cristo, e as tempestades da Terra não têm poder para movê-los do firme fundamento. Digno de confiança PH 88 1 Cabe a vocês, moços e moças, decidir se se tornarão dignos de confiança e fiéis, prontos e decididos a ficar do lado certo, não importem as circunstâncias. Desejam formar bons hábitos? Então busquem a companhia dos que têm moral firme e cujo objetivo tende ao bem. As preciosas horas do tempo de graça lhes são concedidas para que possam remover cada defeito de caráter, e vocês devem procurar fazer isto, não apenas para obter a vida futura, mas para que sejam úteis nesta vida. O bom caráter é um capital mais valioso do que o ouro e a prata. Não é afetado por crises nem fracassos, e no dia em que as riquezas terrestres forem destruídas, ele apresentará frutos abundantes. Integridade, firmeza e perseverança são qualidades que todos devem diligentemente cultivar; porque elas revestem seu possuidor de um poder irresistível -- um poder que o torna forte para fazer o bem, forte para resistir ao mal, forte para suportar a adversidade. PH 88 2 O amor à verdade e um senso da responsabilidade de glorificar a Deus são o mais poderoso dos incentivos para o aperfeiçoamento do intelecto. Com esse estímulo à ação, o estudante não pode ser leviano. Estará sempre atento. Estudará como se estivesse sob as vistas de Deus, sabendo que todo o Céu está empenhado na obra de sua educação. Ele se tornará nobre de espírito, generoso, bondoso, cortês, semelhante a Cristo, eficiente. Coração e mente trabalharão em harmonia com a vontade de Deus. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 220-226. ------------------------Capítulo 34 -- A influência PH 88 3 A vida de Cristo foi uma influência sempre crescente e ilimitada, uma influência que O ligava a Deus e a toda a família humana. Através de Cristo, Deus conferiu ao homem uma influência que lhe torna impossível viver para si próprio. Individualmente estamos ligados com nossos semelhantes, parte da grande família de Deus, e temos obrigações mútuas. Nenhum homem pode ser independente de seu próximo, porque o bem-estar de cada um afeta a outros. É propósito de Deus que cada um se sinta essencial ao bem-estar dos outros, e procure promover a sua felicidade. PH 89 1 Toda pessoa está circundada por uma atmosfera própria. Essa atmosfera pode estar cheia do poder vivificante da fé, do ânimo, da esperança e perfumada com a fragrância do amor. Ou pode estar pesada e fria com a sombra do descontentamento e egoísmo, ou envenenada com o contato mortal de um pecado acariciado. Pela atmosfera que nos envolve, toda pessoa com quem entramos em contato é consciente ou inconscientemente afetada. Nossa responsabilidade PH 89 2 Há uma responsabilidade da qual não podemos nos livrar. Nossas palavras, nossos atos, nosso traje, nosso comportamento, até a expressão do rosto, têm influência. Da impressão assim causada dependem conseqüências para o bem ou para o mal que ninguém pode calcular. Cada impulso assim comunicado é uma semente que produzirá sua colheita. PH 89 3 É um elo na longa cadeia de eventos humanos, que não sabemos até onde se estende. Se por nosso exemplo ajudamos outros na formação de bons princípios, ampliamos sua capacidade de fazer o bem. Eles, por sua vez, exercem a mesma influência sobre outros, e estes ainda sobre terceiros. Assim, por nossa influência inconsciente, milhares podem ser abençoados. PH 89 4 Atire uma pedra num lago, e forma-se uma onda; e a ela se seguem outras; e, à medida que elas aumentam, o círculo se amplia até alcançar a margem. Assim é nossa influência. Além do nosso conhecimento ou controle, ela se torna uma bênção ou maldição para os outros. PH 89 5 O caráter é um poder. O testemunho silencioso de uma vida honesta, desinteressada e piedosa exerce influência quase irresistível. Ao revelar o caráter de Cristo em nossa própria vida, cooperamos com Ele na obra de salvar pessoas. Somente revelando Seu caráter em nossa vida é que podemos cooperar com Ele. PH 90 1 E quanto maior a esfera de nossa influência, maior bem podemos fazer. Quando os que dizem servir a Deus seguirem o exemplo de Cristo, praticando os princípios da lei em sua vida diária, quando todos os seus atos testemunharem de que amam a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos, então a igreja terá poder para abalar o mundo. -- Parábolas de Jesus, 339, 340. ------------------------Capítulo 35 -- Fazendo escolhas PH 90 2 Devemos escolher a convivência mais favorável ao nosso progresso espiritual, aproveitando-nos de todo auxílio ao nosso alcance, pois Satanás colocará muitos obstáculos para tornar nossa marcha em direção ao Céu o mais difícil possível. Talvez sejamos colocados em posições difíceis, pois muitos não podem ter o ambiente que gostariam; mas não devemos nos expor voluntariamente às influências desfavoráveis à formação do caráter cristão. Quando o dever nos chama a fazer isso, devemos vigiar e orar em dobro, para que, através da graça de Cristo, permaneçamos íntegros. PH 90 3 Ló escolheu Sodoma como residência porque olhou mais para as vantagens temporais que obteria do que para as influências morais que cercariam a ele e a sua família. O que lucrou ele quanto aos bens deste mundo? Seus bens foram destruídos, parte de seus filhos morreu na destruição daquela ímpia cidade, sua esposa se tornou em estátua de sal no caminho, e ele mesmo foi salvo "como pelo fogo". 1 Coríntios 3:15. E os maus resultados de sua escolha egoísta não terminaram aí; a corrupção moral do lugar havia se misturado tanto com o caráter de seus filhos, que não podiam discernir entre o bem e o mal, entre o pecado e a justiça. -- The Signs of the Times, 29 de Maio de 1884. ------------------------Capítulo 36 -- A regra de ouro PH 91 1 Ao associar-se com outros, coloque-se no lugar deles. Demonstre interesse por seus sentimentos, suas dificuldades, decepções, alegrias e tristezas. Identifique-se com eles, e depois faça para eles o que, se trocassem de lugar, você gostaria que eles fizessem para você. Essa é a verdadeira regra da honestidade. É outra expressão da lei: "Ame aos outros como você ama a você mesmo." Mateus 22:39. E essa é a essência dos ensinos dos profetas. É um princípio do Céu, e será desenvolvido em todos os que estiverem habilitados a participar de sua santa convivência. PH 91 2 Essa regra de ouro é o princípio da verdadeira cortesia, e sua mais genuína ilustração é vista na vida e no caráter de Jesus. Oh, que raios de suavidade e beleza resplandeciam da vida diária de nosso Salvador! Que doçura exalava só de Sua presença! O mesmo espírito se revelará em Seus filhos. Aqueles em quem Cristo habita serão circundados de uma atmosfera divina. Suas brancas vestes de pureza exalarão o perfume do jardim do Senhor. Seus rostos refletirão a luz do rosto dEle, iluminando o caminho para pés cansados e vacilantes. PH 91 3 Homem algum que tenha o verdadeiro ideal do que constitui um caráter perfeito deixará de manifestar a simpatia e ternura de Cristo. A influência da graça deve suavizar o coração, refinar e purificar os sentimentos, dando uma delicadeza e um senso de correção de origem celeste. -- O Maior Discurso de Cristo, 134, 135. ------------------------Capítulo 37 -- Alta qualidade PH 92 1 O Senhor Jesus exige que reconheçamos os direitos de cada ser humano. Seus direitos sociais e seus direitos como cristãos devem ser levados em consideração. Todos devem ser tratados com amabilidade e delicadeza, como filhos e filhas de Deus. PH 92 2 O cristianismo torna as pessoas bem-educadas. Cristo era cortês até com os Seus perseguidores; e Seus verdadeiros seguidores manifestarão o mesmo espírito. Olhe para Paulo quando levado perante os governantes. Seu discurso diante de Agripa é um exemplo de verdadeira cortesia, assim como de persuasiva eloqüência. O evangelho não incentiva a polidez formal comum no mundo, mas a cortesia que provém de um coração cheio de bondade. PH 92 3 O mais cuidadoso cultivo das qualidades externas da vida não é suficiente para excluir toda irritabilidade, julgamentos duros e palavras inconvenientes. O verdadeiro refinamento nunca se revelará enquanto o eu for considerado como o objeto supremo. O amor deve residir no coração. O verdadeiro cristão age movido pelo profundo amor ao Mestre. Do amor a Cristo brota o verdadeiro interesse por seus irmãos. O amor comunica graça, decência e beleza de conduta. Ilumina a fisionomia e suaviza a voz; refina e eleva todo o ser. -- A Ciência do Bom Viver, 489, 490. A verdadeira cortesia PH 92 4 Há grande necessidade de que homens e mulheres que têm conhecimento da vontade de Deus aprendam a tornar-se trabalhadores bem-sucedidos em Sua causa. Devem ser pessoas educadas, inteligentes, não com o falso brilho exterior e sorriso fingido dos mundanos, mas com aquele refinamento e verdadeira cortesia que lembram o Céu, e que todo cristão possuirá se for participante da natureza divina. A falta de verdadeira dignidade e refinamento cristãos entre os observadores do sábado depõe contra nós como um povo, tornando sem sabor a verdade que professamos. A obra de educar a mente e as maneiras pode ser levada à perfeição. Se os que professam a verdade não aproveitam agora seus privilégios e oportunidades para crescer até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus, não honrarão a causa da verdade, nem honrarão a Cristo. -- Testemunhos Para a Igreja 4:358, 359. A escolha de amigos PH 93 1 Os jovens que estão em harmonia com Cristo escolherão amigos que os ajudem a proceder bem, e evitarão amizades que não contribuem para o desenvolvimento de princípios corretos e propósitos nobres. Em todos os lugares se encontram jovens cuja mente é moldada numa forma inferior. Quando postos em contato com essa classe, os que se colocaram sem reservas ao lado de Cristo permanecerão firmes em favor daquilo que a razão e a consciência lhes indicam ser o direito. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 226. ------------------------Capítulo 38 -- As más companhias PH 93 2 Os jovens devem considerar seriamente qual será o propósito e a obra de sua vida, e lançar os fundamentos de tal maneira que seus hábitos sejam livres de quaisquer manchas de corrupção. Se desejam ocupar uma posição em que influenciem outros, precisam confiar em si mesmos. PH 93 3 O lírio do lago firma as raízes profundamente abaixo da superfície de lixo e lodo e, através do caule poroso, extrai as propriedades que ajudarão em seu desenvolvimento, trazendo à luz a imaculada flor que repousa em pureza na superfície do lago. Rejeita tudo que mancharia e estragaria sua imaculada beleza. PH 94 1 Podemos aprender uma lição do lírio e, embora rodeados de influências que tenderiam a corromper a moral e atrair a ruína, podemos recusar ser corrompidos, colocando-nos onde as más companhias não pervertam nosso coração. Individualmente os jovens devem procurar unir-se aos que estejam trabalhando em direção ascendente com passos firmes. Devem evitar a companhia dos que estejam absorvendo toda má influência, que são inativos e sem diligente desejo de atingir o elevado padrão de caráter, e em quem não se pode confiar como pessoas que sejam fiéis aos princípios. Que os jovens façam amizade com aqueles que temem e amam a Deus; pois esses nobres e firmes caracteres são representados pelo lírio que abre suas puras flores na superfície do lago. Recusam ser moldados pelas influências que desmoralizam, e unem a si unicamente o que ajudará no desenvolvimento de um caráter puro e nobre. Procuram conformar-se com o modelo divino. -- The Youth's Instructor, 5 de Janeiro de 1893. Nossas palavras, uma fonte de auxílio PH 94 2 Há pouca conversa entre os cristãos a respeito dos preciosos capítulos de sua experiência religiosa. A obra divina é prejudicada e Deus é desonrado pelo abuso do talento da linguagem. Ciúmes, suspeitas ruins e egoísmo são acariciados no coração, e as palavras mostram a corrupção interior. Muitos que proferem o nome de Cristo fazem mau juízo e falam mal dos outros. Essas pessoas raramente mencionam a bondade, a misericórdia e o amor de Deus, manifestos na dádiva de Seu Filho em favor do mundo. Isso Ele fez por nós, e não deveríamos expressar nosso amor e gratidão? Não deveríamos nos esforçar para tornar nossas palavras uma fonte de auxílio e ânimo uns para os outros em nossa experiência cristã? Se realmente amamos a Cristo, O glorificaremos através de nossas palavras. Muitas vezes os infiéis são convencidos ao escutar palavras sinceras de louvor e gratidão a Deus. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1898. Nossa influência PH 95 1 O próprio exemplo e conduta, da mesma maneira que as palavras do cristão, devem despertar no pecador o desejo de buscar a Fonte da vida. -- The Review and Herald, 29 de Novembro de 1887. ------------------------Capítulo 39 -- Nível elevado PH 95 2 Nem sempre os mais bem-educados em ciência são os instrumentos mais eficientes para uso de Deus. Há muitos que se colocam de lado, e os que tiveram menos vantagens de obter conhecimento dos livros lhes tomam o lugar, porque possuem conhecimento prático das coisas essenciais no uso diário da vida; enquanto que aqueles que se consideram instruídos deixam muitas vezes de ser alunos, são auto-suficientes, e acham que não precisam de ensino, mesmo de Jesus, o maior Mestre que o mundo já conheceu. PH 95 3 Os que cresceram e se expandiram, cujas faculdades de raciocínio se têm desenvolvido mediante profunda pesquisa das Escrituras, a fim de saberem a vontade de Deus, atingirão posições de utilidade, porque a Palavra de Deus teve acesso à sua vida e caráter. Ela deve fazer sua própria obra, até alcançar o íntimo e discernir os pensamentos e intenções do coração. A Palavra de Deus deve se tornar o alimento pelo qual o cristão deve se fortalecer, no espírito e no intelecto, para que possa lutar pela verdade e justiça. A razão das normas baixas PH 95 4 Por que os nossos jovens, e mesmo os de mais idade, são tão facilmente induzidos à tentação e ao pecado? Porque a Palavra de Deus não é estudada e meditada como deveria ser. Se fosse apreciada, haveria uma integridade interior, um poder de espírito, que resistiria às tentações de Satanás para fazer o mal. Firme e decidida força de vontade não é desenvolvida na vida e no caráter porque as sagradas instruções não se tornam objeto de estudo e meditação. Não se faz o esforço que deveria ser feito para ligar a mente a pensamentos puros e santos, desviando-a do que é impuro e falso. Não se faz a escolha da melhor parte, de sentar-se aos pés de Jesus, como fez Maria, para aprender as mais sagradas lições do divino Mestre, para que sejam guardadas no coração e praticadas na vida diária. A meditação nas coisas santas elevará e refinará a mente, e formará homens e mulheres cristãos. PH 96 1 Deus não aceitará nenhum de nós que esteja menosprezando suas faculdades em degradações sensuais e terrenas, por pensamentos, palavras ou ações. O Céu é um lugar puro e santo, onde ninguém pode entrar a menos que seja refinado, espiritualizado, limpo e purificado. Há uma obra a fazer por nós mesmos, e só seremos capazes de fazê-la se recebermos força de Jesus. Devemos fazer da Bíblia nosso estudo, acima de todos os outros livros; e ela deve ser amada e obedecida como a voz de Deus. Devemos ver e compreender Suas restrições e exigências -- "farás" e "não farás" -- e perceber o verdadeiro significado da Palavra de Deus. Mente espiritual PH 96 2 Quando a Palavra de Deus se torna o nosso conselheiro e examinamos as Escrituras à procura de luz, anjos do Céu se aproximam para impressionar a mente e iluminar o entendimento, de modo que se possa verdadeiramente dizer: "A explicação da Tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples." Salmos 119:130. Não admira que não haja mais espiritualidade entre os jovens que professam o cristianismo, quando tão pouca atenção é dada à Palavra de Deus. Os conselhos divinos não são atendidos; as advertências não são obedecidas; graça e sabedoria celeste não são buscadas para que os pecados antigos sejam evitados e todo vestígio de corrupção seja eliminado do caráter. A oração de Davi era: "Ajuda-me a compreender as Tuas leis, e eu meditarei nos Teus maravilhosos ensinamentos." Salmos 119:27. PH 96 3 Se a mente de nossos jovens, bem como a dos de mais idade, fosse devidamente dirigida quando juntos, sua conversação seria sobre assuntos elevados. Quando a mente é pura e os pensamentos elevados pela verdade de Deus, as palavras serão do mesmo caráter, "como maçãs de ouro em salvas de prata". Provérbios 25:11. Mas com a compreensão e as práticas atuais, com o baixo padrão com que mesmo professos cristãos estão satisfeitos, a conversa é vulgar e inútil. É terrena, e não agrada ao Céu, nem atinge sequer o nível das classes mais cultas de mundanos. O processo de santificação PH 97 1 Quando Cristo e o Céu são os temas de reflexão, a conversa demonstrará isso. Ela será temperada com graça, e quem fala revelará que tem aprendido na escola do divino Mestre. Diz o salmista: "Eu escolhi o caminho da fidelidade e tenho dado atenção às Tuas ordens." Salmos 119:30. Ele dava grande valor à Palavra de Deus. Ela entrava em sua mente, não para ser desconsiderada, mas para ser colocada em prática na vida. ... PH 97 2 Dia a dia, hora a hora, deve haver um vigoroso processo de abnegação e santificação interior; e então as obras exteriores demonstrarão que Jesus habita no coração pela fé. A santificação não fecha as entradas da alma ao conhecimento, mas expande a mente e a inspira a buscar a verdade, como a tesouro escondido; e o conhecimento da vontade de Deus promoverá a obra de santificação. Há um Céu, e devemos nos esforçar com todo o empenho para alcançá-lo. PH 97 3 Apelo aos alunos de nossas escolas e colégios a crerem em Jesus como seu Salvador. Acreditem que Ele está pronto para ajudá-los por Sua graça, quando vierem a Ele em sinceridade. Vocês devem combater o bom combate da fé. Devem lutar pela coroa da vida. Esforcem-se, pois as garras de Satanás estão sobre vocês; e se não se desvencilharem dEle, serão paralisados e arruinados. O inimigo está à direita e à esquerda, na frente e atrás e vocês devem esmagá-lo com os pés. Esforcem-se, pois há uma coroa a ser alcançada. Esforcem-se, porque se não conquistarem a coroa, perderão tudo nesta vida e na futura. Esforcem-se, mas que isso aconteça no poder de seu Salvador ressuscitado. -- The Review and Herald, 21 de Agosto de 1888. Ver também Fundamentos da Educação Cristã, 129-137. ------------------------Capítulo 40 -- Tentação PH 98 1 Um pouco de tempo semeando joio, querido amigo jovem, produzirá uma colheita que tornará sua vida inteira amarga; uma hora de desatenção -- o ceder uma vez à tentação -- pode desviar todo o curso de sua vida para a direção errada. Você não pode ser jovem senão uma vez; torne essa juventude útil. Uma vez que você passou pelo caminho, não poderá retornar para corrigir seus erros. Aquele que se recusa a ligar-se a Deus e se coloca no caminho da tentação certamente cairá. PH 98 2 Deus está provando cada jovem. Muitos têm desculpado sua negligência e irreverência por causa do mau exemplo dado a eles pelos professos crentes mais experientes. Mas isso não deveria impedir pessoa alguma de fazer o bem. No dia do acerto final, você não poderá usar essas desculpas, como faz agora. Será condenado com justiça, porque sabia o caminho, mas não escolheu andar nele. PH 98 3 Satanás, esse arquienganador, se transforma em anjo de luz, e se aproxima dos jovens com tentações ilusórias, e é bem-sucedido em desviá-los, passo a passo, do caminho do dever. Ele é descrito como um acusador, enganador, mentiroso, atormentador e assassino. "Quem continua pecando pertence ao diabo." 1 João 3:8. Cada desobediência condena a pessoa e provoca o desagrado divino. Deus conhece as intenções do coração. Quando pensamentos impuros são acariciados, não precisam ser expressos por palavras ou atos para consumar o pecado e trazer condenação à pessoa. Sua pureza é manchada e o tentador venceu. PH 98 4 Todo homem é tentado quando atraído e seduzido por seus próprios desejos. É desviado do caminho da virtude e do verdadeiro bem ao seguir suas próprias inclinações. Se os jovens possuíssem integridade moral, as mais poderosas tentações não teriam efeito sobre eles. É a obra de Satanás tentá-los, mas submeter-se a ele depende de vocês. Todas as hostes satânicas não têm o poder de forçar o tentado a transgredir. Não há desculpa para o pecado! PH 99 1 Enquanto alguns jovens estão desperdiçando suas energias em vaidade e tolices, outros estão disciplinando a mente, acumulando conhecimento, revestindo-se da armadura para empenhar-se na batalha da vida, decididos a torná-la um sucesso. Mas não poderão, no entanto, ter sucesso na vida, por mais alto que tentem subir, a menos que centralizem em Deus suas afeições. Se eles se voltarem para o Senhor de todo o coração, rejeitando a bajulação daqueles que desejam no mínimo grau enfraquecer-lhes o propósito de proceder corretamente, terão força e confiança em Deus. Divertimentos fúteis PH 99 2 Os que amam a vida social freqüentemente condescendem com esse traço até que ele se torna uma paixão dominante. Vestir-se, ir a lugares de diversão, rir e conversar sobre assuntos totalmente superficiais tornam-se o objetivo de sua vida. Não podem suportar ler a Bíblia e meditar nas coisas celestiais. Sentem-se infelizes, a menos que haja algo que traga agitação. Não possuem em si mesmos o poder de ser felizes; mas dependem da companhia de outros jovens tão imprudentes e indiferentes como eles para alcançar sua felicidade. Entregam à insensatez as energias que poderiam ser dirigidas para nobres propósitos. ... PH 99 3 O jovem que encontra alegria e felicidade na leitura da Palavra de Deus e na oração é constantemente revigorado pelo beber da Fonte da vida. Atingirá uma excelência moral e uma amplitude de pensamentos que outros não podem imaginar. A comunhão com Deus estimula bons pensamentos, nobres aspirações, percepções claras da verdade e altos propósitos de ação. Os que assim ligam o coração a Deus são reconhecidos por Ele como Seus filhos e filhas. Estão continuamente subindo mais alto, obtendo mais clara visão de Deus e da eternidade, até que o Senhor os torna canais de luz e sabedoria para o mundo. ... PH 100 1 Os que permanecerem em Jesus serão felizes, animados e alegres em Deus. Sua voz será delicada, manifestarão em suas ações reverência pelas coisas espirituais e eternas e de seus lábios sairá música, música agradável, porque vem do trono de Deus. Esse é o mistério da piedade, não facilmente explicado, mas nem por isso menos experimentado e desfrutado. Um coração orgulhoso e rebelde pode fechar as portas a todas as doces influências da graça de Deus e a toda alegria no Espírito Santo; mas os caminhos da sabedoria são agradáveis e todas as suas veredas são paz. Quanto mais intimamente estivermos ligados a Cristo, mais nossas palavras e ações demonstrarão o poder suavizante e transformador de Sua graça. -- Testemunhos Para a Igreja 4:622-626. ------------------------Capítulo 41 -- Visitantes descrentes PH 100 2 Não é seguro para os cristãos escolher a companhia daqueles que não estão ligados a Deus e cuja maneira de viver Lhe desagrada. No entanto, quantos que se dizem cristãos se aventuram em terreno proibido. Muitos convidam para sua casa parentes fúteis e ímpios; e muitas vezes o exemplo e a influência desses visitantes descrentes produzem impressões duradouras na mente das crianças da casa. A influência que exercem é semelhante à que resultou do convívio dos israelitas com os ímpios cananeus. ... PH 100 3 Muitos acham que precisam fazer algumas concessões para agradar aos parentes e amigos descrentes. Como nem sempre é fácil estabelecer o limite, uma concessão prepara o caminho para outra, até que os que antes eram verdadeiros seguidores de Cristo moldam a vida e o caráter segundo os costumes do mundo. A ligação com Cristo é interrompida. São cristãos apenas de nome. Quando vem o momento da prova, então se vê que sua esperança não tem fundamento. Venderam a si mesmos e a seus filhos ao inimigo. Desonraram a Deus e, na revelação de Seus justos juízos, colherão o que semearam. Cristo lhes dirá, como disse ao Israel antigo: "Vocês não fizeram o que Eu disse. Em vez disso, vejam o que fizeram!" Juízes 2:2. -- The Signs of the Times, 2 de Junho de 1881. ------------------------Capítulo 42 -- Amor verdadeiro PH 103 1 O amor é um precioso dom que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo verdadeiro amor não são irracionais ou cegos. Ensinados pelo Espírito Santo, amam a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmos. PH 103 2 Os que pretendem casar-se devem avaliar todo sentimento e observar todo traço de caráter naquele com quem desejam unir sua vida. Cada passo em direção do casamento deve ser caracterizado pela modéstia, simplicidade, sinceridade e pelo sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. Um cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar. Buscando conselho PH 103 3 Se você foi abençoado com pais tementes a Deus, peça conselhos deles. Exponha a eles suas esperanças e planos, aprenda as lições de suas experiências da vida, e será poupado de muita dor. Acima de tudo, faça de Cristo seu conselheiro. Estude Sua Palavra com oração. PH 103 4 Sob essa guia, aceite a jovem como companheiro de vida tão-somente aquele que possua traços de caráter puros e nobres, que seja diligente, honesto e ousado em suas aspirações, que ame e tema a Deus. Que o jovem procure para ficar ao seu lado alguém que esteja habilitada a assumir sua parte nas responsabilidades da vida, cuja influência o enobreça e refine, e que o faça feliz com seu amor. PH 103 5 "Só Deus pode dar uma esposa sensata." Provérbios 19:14. "O seu marido confia nela. ... Em todos os dias da sua vida, ela só lhe faz o bem e nunca o mal." Provérbios 31:11, 12. "Fala com sabedoria e delicadeza. Ela nunca tem preguiça e está sempre cuidando da sua família. Os seus filhos a respeitam e falam bem dela, e o seu marido a elogia. Ele diz: 'Muitas mulheres são boas esposas, mas você é a melhor de todas." Provérbios 31:26-29. O que consegue uma esposa assim, "encontra a felicidade: recebeu uma bênção de Deus, o Senhor". Provérbios 18:22. -- A Ciência do Bom Viver, 358, 359. Escolha de companheiros PH 104 1 Os jovens cristãos devem ter muito cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidem, para que isso que agora acham ser ouro puro não se transforme em metal sem valor. As amizades mundanas tendem a atrapalhar o serviço a Deus, e muitas pessoas são arruinadas por uniões infelizes, seja nos negócios ou no casamento, com aqueles que nunca poderão elevar ou enobrecer. O povo de Deus nunca deve aventurar-se a pisar em terreno proibido. O casamento entre crentes e incrédulos é proibido por Deus. Mas muitas vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos e realizam-se casamentos não aprovados por Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 500. ------------------------Capítulo 43 -- O que evitar no namoro PH 104 2 A falta de firmeza e abnegação em seu caráter é um sério obstáculo para obter uma experiência religiosa verdadeira, que não seja como a areia movediça. A firmeza e a integridade de propósito devem ser cultivadas. Essas qualidades são positivamente necessárias para uma vida cristã vitoriosa. Se tiver integridade de coração, você não será desviado do caminho certo. Nenhum motivo será suficiente para movê-lo da linha reta do dever; você será leal e verdadeiro para com Deus. As súplicas da afeição e do amor, o desejo de amizades não o levarão a desviar-se da verdade e do dever; não abrirá mão do dever por causa da inclinação. PH 105 1 Se você, meu irmão, está tentado a unir seu interesse de vida a uma menina jovem e inexperiente, que realmente não foi educada nos deveres práticos e comuns da vida, você comete um erro; mas isso é pouco comparado com a ignorância dela a respeito de seu dever para com Deus. Ela tem recebido conhecimento e privilégios religiosos e, mesmo assim, não sentiu sua infeliz pecaminosidade sem Cristo. A influência na experiência religiosa PH 105 2 Se, em sua cegueira, você é capaz de deixar de ir repetidamente aos cultos de oração, onde Deus Se encontra com Seu povo, a fim de desfrutar a companhia de uma pessoa que não ama a Deus e que não vê atrativos na vida religiosa, como pode esperar que o Senhor faça prosperar tal união? PH 105 3 Não seja apressado. Os casamentos prematuros não devem ser incentivados. Se um jovem ou uma jovem não tem respeito pelas reivindicações de Deus, se não leva em consideração seus próprios deveres quanto à religião, haverá o perigo de não considerar devidamente os direitos do marido ou da esposa. O hábito de passar muito tempo com a pessoa que você escolheu, sacrificando os privilégios religiosos e os momentos de oração, é perigoso; você não poderá suportar essa perda. PH 105 4 É comum o hábito de ficar conversando até altas horas da noite, mas isso não agrada a Deus, mesmo se vocês dois forem cristãos. Essas horas impróprias prejudicam a saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que você tenha respeito próprio suficiente para evitar essa forma de namoro. Se deseja sinceramente a glória de Deus, agirá com cautela. Não tolerará que um sentimentalismo amoroso doentio cegue a sua visão de tal forma que não possa discernir os altos direitos de Deus sobre você como cristão. -- Testemunhos Para a Igreja 3:44, 45. Casamentos prematuros PH 106 1 Os casamentos prematuros não devem ser incentivados. Uma relação tão importante como o casamento e de tão longa extensão em seus resultados não deve ser assumida precipitadamente, sem preparo suficiente, e antes que as faculdades mentais e físicas estejam bem desenvolvidas. -- A Ciência do Bom Viver, 358. ------------------------Capítulo 44 -- Escolhendo a pessoa para toda a vida PH 106 2 Querida irmã: Soube de seu planejado casamento com alguém que não tem a sua fé religiosa, e temo que você não tenha considerado cuidadosamente esta importante questão. Antes de dar um passo que exercerá influência sobre toda a sua vida futura, insisto com você para que analise o caso com cuidado e oração. Esse novo relacionamento se demonstrará uma fonte de verdadeira felicidade? Será um auxílio em sua vida cristã? Será agradável a Deus? Seu exemplo poderá ser seguido com segurança por outros? Provas de amor PH 106 3 Antes de casar-se, toda mulher deveria perguntar se aquele com quem pretende unir seu destino é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? O amor que ele expressa é de caráter nobre e elevado, ou é simples inclinação emocional? Tem ele os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria em seu amor? Terá liberdade para preservar sua individualidade, ou deverá submeter seu juízo e consciência ao controle do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma; foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Seu corpo e alma, pensamentos e propósitos serão conservados puros e santos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que pretende se casar. PH 107 1 É fundamental a religião no lar. Só ela pode prevenir os graves erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então as duas pessoas se unirão, e as duas vidas se harmonizarão. Anjos de Deus serão hóspedes no lar, e santificarão o quarto matrimonial. A sensualidade baixa será excluída. Os pensamentos serão dirigidos a Deus; a Ele se elevará a devoção do coração. Resultados da desobediência PH 107 2 O coração anseia o amor humano, mas esse amor não é forte, puro ou precioso o bastante para ocupar o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador, a esposa pode encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Ela deve fazer dEle sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a um homem, e não se envolva em nenhum relacionamento que entre em conflito com isso. Os que encontram verdadeira felicidade devem ter a bênção do Céu sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de infelicidade tantos corações e lares. Minha irmã, se você deseja ter um lar onde nunca se levantem sombras, não se una com um homem que é inimigo de Deus. PH 107 3 Como uma pessoa que espera enfrentar estas palavras no juízo, suplico para que você pondere o passo que pretende dar. Pergunte-se: "Um marido descrente desviará meus pensamentos de Jesus? Ele ama mais os prazeres do que a Deus; não me induzirá a apreciar as coisas de que gosta?" O caminho para a vida eterna é íngreme e difícil. Não coloque sobre si fardos adicionais que retardem seu avanço. ... PH 107 4 Desejo adverti-la de seu perigo, antes que seja tarde demais. Você dá ouvidos a palavras suaves, agradáveis, e é levada a acreditar que tudo ficará bem; mas não entende os motivos que inspiram essas palavras amáveis. Não percebe as profundezas da maldade ocultas no coração. Não pode olhar o que está por trás dos bastidores e discernir as armadilhas que Satanás está preparando para você. Ele quer induzi-la a proceder de tal modo que possa obter fácil acesso, para atingi-la com suas flechas de tentações. Não lhe dê a menor vantagem. Enquanto Deus influencia a mente de Seus servos, Satanás atua através dos filhos da desobediência. Não há acordo entre Cristo e Belial. Os dois não podem se harmonizar. Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Poderia permitir-se tão terríveis desvantagens na luta pela vida eterna? Quando um noivado acaba PH 108 1 Você pode dizer: "Mas dei minha palavra, e agora vou voltar atrás?" Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios desfaça-a sem demora, e arrependa-se humildemente diante de Deus por sua insensatez, que a levou a dar a palavra tão precipitadamente. É muito melhor voltar atrás nesta promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e assim desonrar seu Criador. PH 108 2 Lembre-se de que você tem um Céu a ganhar e um caminho aberto para a perdição a evitar. Quando Deus diz uma coisa, quer dizer isso mesmo. Quando proibiu nossos pais de comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, sua desobediência abriu a todo o mundo as comportas da desgraça. Se andarmos contrariamente a Deus, Ele andará contrariamente a nós. Nosso único procedimento seguro é obedecer a todas as Suas ordens, não importam os custos. Todas elas têm como base amor infinito e sabedoria. -- Testemunhos Seletos 2:119-122. Amadurecimento é essencial PH 108 3 Para o bem da sociedade, bem como para os elevados interesses dos alunos, é melhor que eles não tentem escolher um companheiro de vida enquanto seu próprio caráter ainda não esteja desenvolvido, seu discernimento amadurecido, e enquanto estejam ao mesmo tempo privados do cuidado e orientação paternos. ... PH 108 4 Os que estão procurando proteger os jovens da tentação e prepará-los para uma vida de utilidade estão empenhados numa boa obra. Ficamos felizes em ver em qualquer instituição de ensino o reconhecimento da importância do devido limite e disciplina para os jovens. Que os esforços de todos esses instrutores tenham sucesso. -- Fundamentos da Educação Cristã, 62, 63. ------------------------Capítulo 45 -- Atitude honrada PH 109 1 Nestes dias de perigo e corrupção, os jovens estão expostos a muitas provações e tentações. Muitos estão navegando num porto perigoso. Precisam de um piloto; mas desprezam o auxílio necessário, achando que são competentes para dirigir seu próprio barco, e não percebendo que ele está prestes a bater numa rocha oculta que pode causar-lhes o naufrágio da fé e da felicidade. Estão fascinados com o assunto do namoro e casamento, e sua principal preocupação é seguir seu próprio caminho. Nesse período, que é o mais importante de sua vida, eles precisam de um conselheiro infalível, um guia seguro. Isso encontrarão na Palavra de Deus. A menos que sejam estudantes diligentes dessa Palavra, cometerão graves erros, que prejudicarão sua felicidade e a de outros, tanto na vida presente como na futura. PH 109 2 Muitos têm a tendência de ser precipitados e teimosos. Não levam em conta o sábio conselho da Palavra de Deus; não lutam com o próprio eu e não obtêm preciosas vitórias; e sua vontade orgulhosa e inflexível os desvia do caminho do dever e da obediência. Olhe para sua vida passada, querido jovem, e considere fielmente sua conduta à luz da Palavra de Deus. Tem você desenvolvido essa conscienciosa consideração pelas suas obrigações para com os pais, que a Bíblia aprecia? Tem tratado com bondade e amor a mãe que tem cuidado de você desde a infância? Tem você considerado os desejos dela, ou ocasionado dor e tristeza ao seu coração ao realizar seus próprios desejos e planos? Tem a verdade que professa santificado o coração, abrandado e dominado a vontade? Se não, você tem um rigoroso trabalho a fazer para consertar os erros do passado. Um guia perfeito PH 110 1 A Bíblia apresenta um padrão perfeito de caráter. Esse Livro Sagrado, inspirado por Deus e escrito por homens santos, é um guia perfeito sob todas as circunstâncias da vida. Ela descreve claramente os deveres tanto de jovens como de adultos. Se adotada como guia da vida, seus ensinos enobrecerão, elevarão a mente, aperfeiçoarão o caráter e darão paz e alegria ao coração. Mas muitos dos jovens têm preferido ser seus próprios conselheiros e guias, e têm tomado seus casos em suas próprias mãos. Esses jovens precisam estudar mais atentamente os ensinos da Bíblia. Em suas páginas, encontrarão revelado seu dever para com os pais e irmãos na fé. O quinto mandamento diz: "Respeite o seu pai e a sua mãe para que você viva muito tempo na Terra que estou lhe dando." Êxodo 20:12. Em outro lugar, lemos: "Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isso é certo." Efésios 6:1. PH 110 2 Um dos sinais de que estamos vivendo nos últimos dias é que os filhos são desobedientes aos pais, ingratos e profanos. A Palavra de Deus tem muitos preceitos e conselhos que ordenam respeitar os pais. Incute nos jovens o sagrado dever de amar e tratar com carinho os que os guiaram através da infância, da juventude, até à idade adulta, e que agora dependem em grande parte deles quanto à paz e felicidade. A Bíblia é clara nesse assunto; contudo, seus ensinos têm sido muito desrespeitados. PH 110 3 Os jovens têm muitas lições a aprender, e a mais importante delas é aprender a conhecer a si mesmos. Devem ter idéias corretas de suas obrigações e deveres para com os pais e estar constantemente aprendendo na escola de Cristo a ser mansos e humildes de coração. Ao mesmo tempo que devem amar e honrar os pais, também devem respeitar o bom senso dos homens de experiência com quem se relacionam na igreja. Roubando afeições PH 111 1 O jovem que desfruta a companhia e conquista a amizade de uma jovem sem o conhecimento dos pais dela não desempenha um nobre papel cristão para com ela nem para com seus pais. Por meio de conversas e encontros secretos ele pode obter influência sobre a mente dela; mas, ao fazer isso, deixa de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto, nem de acordo com o padrão bíblico, e demonstram-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam para ser seus fiéis guardadores. Casamentos contraídos sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever uma filha, que confunde suas idéias acerca das ordens claras e positivas de Deus para obedecer e honrar aos pais, não cumprirá fielmente as obrigações do casamento. PH 111 2 Faz-se a pergunta: "Como pode um jovem conservar pura a sua vida?" E é dada a resposta: "É só obedecer aos Teus mandamentos." Salmos 119:9. O jovem que faz da Bíblia o seu guia não precisa errar o caminho do dever e da segurança. Esse livro abençoado o ensinará a preservar sua integridade de caráter, a ser sincero, e não praticar nenhum engano. "Não roube" (Êxodo 20:15) foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quanto roubo secreto de afeições é praticado e desculpado! PH 111 3 Mantém-se um namoro falso, seguem-se conversas particulares, até que os sentimentos de alguém inexperiente, e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviados de seus pais e colocados sobre quem, por seu procedimento, demonstra ser indigno de seu amor. A Bíblia condena todo tipo de desonestidade e ordena o procedimento correto sob todas as circunstâncias. Aquele que faz da Bíblia o guia de sua juventude, a luz do seu caminho, obedecerá aos seus ensinos em todas as coisas. Não transgredirá nem um jota ou um til da lei para conseguir qualquer objetivo, mesmo se tiver que abrir mão de muitas coisas por causa disso. Se acredita na Bíblia, sabe que as bênçãos de Deus não repousarão sobre ele se se desviar do estreito caminho da retidão. Embora pareça prosperar por algum tempo, certamente colherá o fruto de suas ações. PH 112 1 Deus amaldiçoa muitos dos relacionamentos inoportunos e inapropriados que se formam nesta época. Se a Bíblia não desse um parecer claro e preciso para essas questões, então o procedimento dos jovens de hoje em seus relacionamentos uns com os outros seria desculpável. Mas as exigências da Bíblia não são ordens incompletas; requerem perfeita pureza de pensamento, palavras e atos. Somos gratos a Deus porque Sua Palavra é luz para nossos pés, e porque ninguém precisa errar o caminho do dever. Os jovens devem tornar sua obrigação consultar suas páginas e atender a seus conselhos, pois erros lamentáveis são sempre cometidos quando alguém se desvia de seus preceitos. Necessidade de juízo perfeito PH 112 2 Se há um assunto que deve ser considerado com calma razão e juízo desapaixonado, é o assunto do casamento. Se há tempo em que a Bíblia é necessária como conselheira, é antes de dar um passo que une pessoas para toda a vida. Mas a idéia predominante é que nessa questão os sentimentos devem ser o guia; e em muitos casos o sentimentalismo apaixonado assume o controle e leva à ruína certa. É nesse assunto que os jovens demonstram menos inteligência do que em qualquer outro; é aqui que se recusam a usar a razão. A questão do casamento parece ter um poder enfeitiçante sobre eles. Não se submetem a Deus. Seus sentidos são anulados e agem em certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém. PH 112 3 O modo secreto pelo qual namoros e casamentos são levados avante é a causa de grande parte da infelicidade, da qual só Deus conhece a extensão completa. Nessa rocha, milhares sofreram o naufrágio. Professos cristãos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensíveis a qualquer outro assunto, neste cometem erros terríveis. Manifestam uma vontade fixa, decidida, que a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não sentem desejo de estudar a Bíblia e entrar em íntima comunhão com Deus. PH 113 1 Satanás sabe exatamente com que elementos tem de lidar e emprega sua sabedoria infernal de várias maneiras para induzir pessoas à ruína. Ele observa cada passo dado e sugere muitas coisas, e muitas vezes essas sugestões são mais aceitas do que o conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e imprudentes. Pode estar muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas trazem sobre si mesmos muitas tristezas. Como resultado, vemos por toda a parte pessoas arruinadas. Os pais devem ser consultados PH 113 2 Quando nossos jovens serão sábios? Por quanto tempo as coisas ainda continuarão assim? Deverão os filhos consultar apenas os próprios desejos e inclinações, sem levar em conta o conselho e bom senso dos pais? Alguns parecem nunca considerar os desejos ou preferências de seus pais, nem respeitam sua opinião madura. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração à afeição filial. Os jovens precisam ser alertados quanto a esse assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é pouco considerado e mesmo explicitamente desprezado pelos filhos. A falta de consideração para com o amor de uma mãe e a desonra da atenção de um pai são pecados registrados contra muitos jovens. PH 113 3 Um dos maiores erros relacionados com esse assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser incomodados em suas afeições, que não deve haver interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é esse. O auxílio da experiência de outros e uma calma e cuidadosa reflexão da questão de ambos os lados são positivamente essenciais. Esse assunto é tratado com muito descaso pela grande maioria das pessoas. PH 113 4 Querido jovem, consulte a Deus e a seus pais tementes a Deus. Ore sobre o assunto. Avalie cada sentimento e observe todo traço de caráter na pessoa com quem pretende unir o destino de sua vida. O passo que você está para dar é um dos mais importantes de sua vida e não deve ser dado precipitadamente. Ame, mas não cegamente. Analise cuidadosamente para ver se sua vida matrimonial seria feliz, ou desarmoniosa e infeliz. Levante as seguintes questões: Essa união me ajudará a alcançar o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E ampliará minha esfera de utilidade nesta vida? Se essas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossiga no temor de Deus. PH 114 1 Mas mesmo se um compromisso foi assumido sem o conhecimento total do caráter da pessoa com quem pretende unir-se, não pense que só por causa do compromisso tem que casar-se e unir-se por toda a vida a alguém que não pode amar e respeitar. Seja cuidadoso quanto a assumir compromissos condicionais; porém é melhor, muito melhor, romper o compromisso antes do casamento do que separar-se depois, como muitos fazem. Um tratamento revelador PH 114 2 O verdadeiro amor é uma planta que precisa ser cultivada. A mulher que deseja uma união tranqüila e feliz, que deseja fugir da infelicidade e tristeza futuras, pergunte antes de entregar suas afeições: Meu pretendente tem mãe? Qual a qualidade do caráter dela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É atento a seus desejos e felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Quando acabar a novidade do casamento, ele ainda me amará? Será paciente com meus erros, ou será crítico, autoritário e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá. Impulso não basta PH 114 3 Os jovens confiam demais no impulso. Não devem entregar-se tão facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo exterior atraente do pretendente. O namoro, como adotado atualmente, é uma trama de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo tem mais a ver do que o Senhor. É necessário bom senso; mas a verdade é que ele é pouco usado nesse assunto. PH 115 1 Se os filhos tivessem mais intimidade com seus pais, se confiassem neles e lhes revelassem suas alegrias e tristezas, poupariam muita mágoa futura para si mesmos. Quando se sentir confuso, sem saber o que fazer, exponha a questão aos pais e peça-lhes conselho. Quem estaria tão preparado para mostrar-lhe os perigos como os pais tementes a Deus? Quem melhor do que eles compreende o seu temperamento particular? PH 115 2 Os filhos que são cristãos apreciarão o amor e aprovação de seus pais tementes a Deus, acima de toda bênção terrena. Os pais podem participar dos sentimentos dos filhos e orar com e por eles, para que Deus os proteja e guie. Acima de tudo o mais, eles lhes apontarão o Amigo e Conselheiro que nunca falha, que Se comove com o sentimento de suas fraquezas. Aquele que foi tentado em todos os pontos como nós somos, mas sem pecado, sabe como socorrer os que são tentados. -- The Review and Herald, 26 de Janeiro de 1886. Divino amor PH 115 3 Numa união para a vida toda, suas afeições devem ser dedicadas à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a seu respeito. Mas, ao mesmo tempo que devem se unir em um só ser, nenhum de vocês deve perder sua própria individualidade por causa do outro. Sua individualidade pertence a Deus. ... PH 115 4 Vivendo para Deus, a pessoa dirige para Ele suas melhores e mais elevadas afeições. A maior manifestação do seu amor é para Aquele que morreu por vocês? Se assim for, o amor de um para com o outro será de acordo com o plano do Céu. -- Testemunhos Seletos 3:95, 96. ------------------------Capítulo 46 -- Casamento prematuro PH 116 1 Rapazes e meninas se casam sem ter desenvolvido o amor ponderado, o amadurecimento necessário, os sentimentos nobres e elevados, e assumem os compromissos de um casamento completamente guiados por suas paixões juvenis. ... Um perigo PH 116 2 Compromissos assumidos por pessoas muito novas freqüentemente têm resultado em uniões infelizes ou em separações vergonhosas. As uniões precoces, se formadas sem o consentimento dos pais, raramente são felizes. As afeições juvenis devem ser refreadas até chegar o período em que tenham idade e experiência suficientes para tornar sua manifestação correta e segura. Os que não se controlarem estarão em perigo de passar uma existência infeliz. PH 116 3 Um jovem na adolescência é incapaz de julgar se uma pessoa tão jovem quanto ele é adequada para ser sua companheira por toda a vida. Depois que se tornam mais maduros, vêem-se presos um ao outro, e talvez absolutamente despreparados para fazer feliz um ao outro. Então, em vez de tornar sua situação a melhor possível, surgem críticas, a brecha que os separa se alarga, até que se estabelece a indiferença e a negligência de um para com o outro. Para eles, não existe nada de sagrado na palavra "lar". A própria atmosfera é envenenada por palavras rudes e amargas censuras. -- A Solemn Appeal, 11, 12. ------------------------Capítulo 47 -- Estratégias de Satanás PH 117 1 Os casamentos precoces são originadores de grande parte dos males que existem hoje. O casamento que se contrai demasiado cedo não promove nem a saúde física nem o vigor mental. A razão é bem pouco exercida nesse assunto. Muitos jovens agem por impulso. Esse passo, que os afeta seriamente para o bem ou para o mal, que será uma bênção ou maldição por toda a vida, é muitas vezes dado precipitadamente, movido pelo impulso do sentimento. Muitos não darão ouvidos à razão ou orientação de um ponto de vista cristão. ... PH 117 2 Atualmente o mundo está cheio de infelicidade e pecado em conseqüência de casamentos malfeitos. Em muitos casos, leva apenas alguns meses para o marido e a mulher perceberem que seus temperamentos nunca poderão combinar; e o resultado é que a discórdia predomina no lar, onde deveriam existir apenas o amor e a harmonia celeste. PH 117 3 Através de brigas sobre assuntos sem importância, é cultivado um espírito de amargura. Desacordos e discussões trazem tremenda infelicidade ao lar e separam os que deveriam estar unidos pelos laços do amor. Assim, milhares têm-se sacrificado, alma e corpo, por meio de casamentos insensatos, e entrado no caminho da perdição. Jugo desigual PH 117 4 É perigoso formar aliança mundana. Satanás sabe bem que no momento em que presencia o casamento de muitos rapazes e moças encerra a história de sua experiência e utilidade cristãs. Por algum tempo, poderão se esforçar para viver uma vida cristã, mas seus esforços são feitos contra uma constante influência na direção oposta. Em tempos passados, consideravam um privilégio falar de sua alegria e esperança; mas logo perdem a vontade de falar desse assunto, sabendo que aquele a quem ligaram seu destino não tem interesse nessas coisas. Assim Satanás os envolve com o ceticismo, e a fé na preciosa verdade morre no coração. PH 118 1 Satanás usa todos os meios para prender os jovens no pecado, porque assim tem os adultos garantidos. O inimigo tem verdadeiro ódio contra todo esforço para influenciar os jovens na direção certa. Odeia tudo que proporcione um correto ponto de vista de Deus e de Cristo. Seus esforços são especialmente dirigidos contra os que estão em posição favorável de receber luz do Céu; porque ele sabe que qualquer movimento de sua parte para entrar em ligação com Deus lhes dará poder para resistir a suas tentações. Como um anjo de luz, vem aos jovens com suas armadilhas enganadoras, e muitas vezes consegue desviá-los, passo a passo, do caminho do dever. Relacionamento conveniente PH 118 2 Os jovens que se aventuram a conviver um com o outro podem tornar essa convivência uma bênção ou uma maldição. Podem edificar, fortalecer e beneficiar um ao outro, aperfeiçoando-se na conduta, no temperamento, no conhecimento; ou podem exercer uma influência desmoralizadora ao tornarem-se descuidados e infiéis. -- The Youth's Instructor, 10 de Agosto de 1899. Casamentos precipitados PH 118 3 Satanás está constantemente empenhado em levar os jovens inexperientes a um casamento precipitado. Mas quanto menos nos orgulhamos dos casamentos que se realizam agora, melhor. Quando a natureza sagrada e as exigências do casamento forem compreendidas, ele será aprovado pelo Céu, resultará em felicidade para ambas as partes e Deus será glorificado. ... PH 118 4 A verdadeira religião enobrece a mente, refina o gosto, santifica o discernimento e torna seu possuidor participante da pureza e das influências do Céu; aproxima os anjos e separa mais e mais do espírito e da influência do mundo. -- Testemunhos Para a Igreja 2:252, 253. Influenciados por Satanás PH 119 1 Satanás está diligentemente empenhado em influenciar pessoas inteiramente incompatíveis entre si a unirem seus interesses. Ele exulta nessa obra, pois através dela pode trazer mais infelicidade e desgraça à família humana do que exercendo sua habilidade em qualquer outro sentido. -- Testemunhos Para a Igreja 2:248. ------------------------Capítulo 48 -- A felicidade como objetivo PH 119 2 Deus colocou o homem no mundo, e é seu privilégio comer, beber, negociar, casar-se e ser dado em casamento; mas só é seguro fazer essas coisas no temor de Deus. Devemos viver neste mundo tendo em vista o mundo eterno. O grande pecado nos casamentos dos dias de Noé era que os filhos de Deus formavam alianças com as filhas dos homens. Os que professavam reconhecer e reverenciar a Deus se uniam com os que eram corruptos de coração; e casavam-se com quem queriam, sem fazer distinção. Existem muitas pessoas hoje que não possuem experiência religiosa profunda, que fazem exatamente as mesmas coisas que se faziam nos dias de Noé. Casavam-se sem considerar o caso e orar cuidadosamente. Muitos assumem os sagrados compromissos de forma tão impensada como fariam uma transação comercial; não é o amor verdadeiro o motivo de sua aliança. Paixão profana PH 119 3 A idéia do casamento parece ter um poder enfeitiçante sobre a mente de muitos jovens. Duas pessoas se conhecem, ficam fascinadas uma com a outra, e têm absorvida toda a sua atenção. A razão fica cega, e o bom senso é ignorado. Não se submetem a nenhum conselho ou controle, mas insistem em seguir seu próprio caminho, sem levar em conta as conseqüências. PH 120 1 A paixão que os domina é como uma epidemia, ou doença contagiosa, que deve seguir seu curso; e parece impossível detê-la. Talvez haja pessoas à volta deles que percebem que, se eles se unirem em casamento, isso poderá resultar em infelicidade por toda a vida. Mas os conselhos e advertências são dados em vão. Talvez, por tal união, a utilidade de alguém que Deus abençoaria em Seu serviço seja invalidada e destruída; mas os argumentos e as opiniões são ignorados. PH 120 2 Tudo o que homens e mulheres de experiência dizem não tem efeito; não tem poder para mudar a decisão que tomaram. Perdem o interesse no culto de oração e em tudo que diz respeito à religião. Estão totalmente fascinados um com o outro e negligenciam os deveres da vida como se fossem questões de pouca importância. Noite após noite, esses jovens desperdiçam tempo e energia conversando um com o outro. Sobre assuntos de interesse sério e solene? Não! Antes, sobre coisas fúteis, sem importância. Transgredindo as leis de saúde e da modéstia PH 120 3 Os anjos de Satanás estão ao lado dos que dedicam grande parte da noite ao namoro. Se pudessem enxergar, veriam um anjo anotando suas palavras e atos. As leis de saúde e da moral são transgredidas. Seria mais apropriado deixar algumas horas do namoro que se passam antes do casamento para depois do casamento. Mas, em geral, o casamento acaba com toda a dedicação manifestada durante os dias de namoro! PH 120 4 Essas horas gastas em alta noite, nesta época de depravação, freqüentemente levam à ruína de ambas as partes envolvidas. Satanás se alegra e Deus é desonrado quando homens e mulheres não procedem dignamente. O bom nome da honra é sacrificado sob o encanto dessa fascinação, e o casamento dessas pessoas não pode ser realizado com a aprovação de Deus. Casam-se porque a paixão os levou a isso e, quando a novidade acaba, começam a perceber o que fizeram. Seis meses depois de feitos os votos, os sentimentos de um para com o outro mudaram. Cada um ficou conhecendo melhor, depois de casado, o caráter do companheiro escolhido. Cada um descobre defeitos que, durante a cegueira e loucura de seu relacionamento anterior, não eram visíveis. As promessas no altar não os unem. Em conseqüência de casamentos precipitados, mesmo entre o professo povo de Deus, há separações, divórcios e grande confusão na igreja. Desrespeito aos conselhos PH 121 1 Esse tipo de relacionamento, de casar-se e dar-se em casamento, é uma das armadilhas especiais de Satanás, e quase sempre ele é bem-sucedido em seus planos. Tenho a mais dolorosa sensação de impotência quando os casais vêm pedir-me conselho sobre esse assunto. Posso falar-lhes as palavras que Deus quer que lhes fale; mas freqüentemente eles põem em dúvida cada ponto e insistem em levar avante seus próprios propósitos; e finalmente o realizam. PH 121 2 Parece que não têm poder para vencer seus próprios desejos e inclinações, e querem por todos os meios casar. Não consideram o caso com cuidado e oração, entregando-se às mãos de Deus, para serem guiados e controlados por Seu Espírito. O temor de Deus não parece estar diante deles. Pensam que compreendem perfeitamente a questão, sem a sabedoria de Deus ou os conselhos de homens. PH 121 3 Quando já é tarde demais, descobrem que cometeram um erro e puseram em perigo sua felicidade nesta vida e a salvação eterna. Não admitiam que alguém soubesse mais do assunto do que eles; se o conselho tivesse sido aceito, poderiam ter-se poupado anos de ansiedade e tristeza. Mas os conselhos são em vão para aqueles que estão resolvidos a seguir seu próprio caminho. A paixão faz com que essas pessoas ignorem cada barreira que a razão e o bom senso podem colocar. Características do verdadeiro amor PH 121 4 O amor é uma planta de origem celeste. Não é insensato; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é algo totalmente diferente. Enquanto o amor puro inclui a Deus em todos os seus planos e está em perfeita harmonia com Seu Espírito, a paixão é teimosa, precipitada, insensata, desrespeitando todos os limites, e fazendo do objeto de sua escolha um ídolo. PH 122 1 Em todo o comportamento de uma pessoa que possui o verdadeiro amor, será demonstrada a graça de Deus. A modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizarão cada passo em direção ao casamento. Os que assim são dirigidos não se deixarão absorver no relacionamento com o outro, a ponto de perder o interesse na reunião de oração e nos cultos religiosos. ... Buscando orientação divina PH 122 2 Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes ao dia quando pensam em dar esse passo. O casamento é algo que influenciará e afetará sua vida, tanto neste mundo como no futuro. Um cristão sincero não levará avante seus planos nessa direção sem o conhecimento de que Deus aprova seu proceder. Não desejará escolher por si mesmo, mas achará que Deus deve escolher por ele. Não devemos satisfazer a nós mesmos, pois Cristo também não satisfez a Si mesmo. Não quero que pensem que estou dizendo com isto que alguém deve se casar com quem não ama. Isto seria pecado. Mas não se deve permitir que a fantasia e a natureza sentimental levem à ruína. Deus requer o coração todo, as supremas afeições. PH 122 3 A maioria dos casamentos de nosso tempo, e a maneira como são conduzidos, tornam-nos um dos sinais dos últimos dias. Os homens e as mulheres são tão persistentes, tão teimosos, que Deus é deixado fora da questão. A religião é colocada de lado, como se não tivesse parte a desempenhar nessa solene e importante questão. Mas a menos que os que dizem crer na verdade sejam santificados por ela e elevados no pensamento e no caráter, não se acham em posição favorável perante Deus como o pecador que nunca recebeu luz a respeito das exigências da verdade. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. ------------------------Capítulo 49 -- Responsabilidades do casamento PH 123 1 Muitos se casaram sem ter adquirido propriedade e sem herança alguma. Não possuíam força física ou energia mental para adquirir bens. São justamente esses que se apressaram para casar e tomaram sobre si responsabilidades das quais não tinham exata compreensão. Não possuíam sentimentos nobres e elevados e não tinham idéia precisa do dever de um marido e pai, e o que lhes custaria suprir as necessidades de uma família. E não manifestaram mais prudência no aumento da família do que a que mostraram em suas transações comerciais. ... PH 123 2 A instituição do casamento foi designada pelo Céu para ser uma bênção ao homem; mas, em sentido geral, tem sido maltratada de tal maneira a torná-la uma terrível maldição. Muitos homens e mulheres agiram, ao se casarem, como se a única questão que lhes cabia resolver era se amavam um ao outro. Mas devem compreender que a responsabilidade que repousa sobre eles no casamento é maior do que essa. Devem considerar se seus descendentes terão saúde física e força mental e moral. Mas poucos agiram com motivos nobres e com elevadas considerações que não poderiam rejeitar levianamente -- que a sociedade tinha sobre eles direitos, que o peso da influência de sua família faria diferença na escala ascendente ou descendente. -- A Solemn Appeal, 63, 64. ------------------------Capítulo 50 -- Bom senso e domínio próprio PH 124 1 Os que professam ser cristãos não devem se casar enquanto o assunto não tiver sido considerado com cuidado e oração, sob um elevado ponto de vista, para ver se Deus pode ser glorificado por essa união. Então devem considerar devidamente o resultado de todo privilégio do casamento, e o princípio santificado deve ser a base de cada ação. Olhando adiante PH 124 2 Antes de aumentar a família, devem levar em consideração se Deus seria glorificado ou desonrado com trazerem filhos ao mundo. Devem buscar glorificar a Deus por sua união desde o princípio e durante todo o tempo de sua vida de casados. Devem considerar com calma as providências a serem tomadas para os filhos. Não têm direito de colocar filhos no mundo para serem um fardo a outros. Têm eles um meio de vida em que podem confiar para sustentar a família, de modo que não precisem se tornar um fardo aos outros? Se não o têm, cometem um crime em trazer filhos ao mundo para sofrerem por falta de cuidado, alimento e vestuário necessários. O domínio da paixão PH 124 3 Nesta época de corrupção e maus costumes, essas coisas não são consideradas. As paixões sensuais dominam, não se submetendo ao controle, embora a fraqueza, a miséria e a morte sejam o resultado. As mulheres são forçadas a uma vida de privações, dores e sofrimentos, por causa de paixões incontroláveis de homens que usam o nome de marido -- devendo mais apropriadamente ser chamados de animais. As mães arrastam uma existência infeliz, carregando quase o tempo todo um filho nos braços, tentando arranjar todos os meios de dar-lhes alimento e roupa. Tanta é a miséria que enche o mundo. PH 125 1 Há bem pouco amor real, genuíno, dedicado e puro. Esse precioso artigo é muito raro. A paixão é denominada amor. Muita mulher tem sido maltratada em suas frágeis e delicadas sensibilidades, porque o relacionamento do casamento permitiu àquele a quem chamavam de marido ser grosseiro em seu tratamento para com ela. Ela verificou ser seu amor tão baixo, que lhe causou aversão. Necessidade de domínio próprio PH 125 2 Muitas famílias estão vivendo na mais infeliz situação porque o marido e pai permite que sua natureza animal predomine sobre o intelecto e a moral. O resultado é a sensação freqüente de abatimento e depressão; mas a causa raramente é atribuída à sua maneira inadequada de agir. Temos a solene obrigação diante de Deus quanto a manter o espírito puro e o corpo saudável, para que possamos ser um benefício à humanidade, e render a Deus um serviço perfeito. -- Testemunhos Para a Igreja 2:380, 381. ------------------------Capítulo 51 -- O exemplo de Isaque PH 125 3 Pessoa alguma que tema a Deus pode ligar-se a outra que não O tema sem correr perigo. "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" Amós 3:3 (VA), revista e atualizada. A felicidade e a prosperidade do casamento dependem da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão servindo a dois senhores, entre os quais não pode haver concordância. Por mais puros e corretos que sejam os princípios de um, a influência de um cônjuge incrédulo terá uma tendência para afastar de Deus. PH 126 1 A pessoa que se converteu após o casamento tem uma obrigação maior de ser fiel ao seu companheiro, por mais que discordem quanto à fé religiosa; contudo, as reivindicações de Deus devem ser colocadas acima de qualquer relação terrena, mesmo que isso resulte em provas e perseguições. Com espírito de amor e mansidão, essa fidelidade pode ter influência na conquista de um incrédulo. Mas o casamento de cristãos com ímpios é proibido na Bíblia. A instrução do Senhor é: "Não se juntem com descrentes para trabalhar com eles." 2 Coríntios 6:14. PH 126 2 Isaque foi muito honrado por Deus, tornando-se herdeiro das promessas pelas quais o mundo seria abençoado; entretanto, quando ele tinha quarenta anos de idade, submeteu-se à decisão de seu pai ao designar seu servo experiente e temente a Deus para escolher uma esposa para ele. E o resultado daquele casamento, conforme é apresentado nas Escrituras, é um quadro terno e belo de felicidade doméstica: "Então Isaque levou Rebeca para a barraca onde Sara, a sua mãe, havia morado, e ela se tornou a sua mulher. Isaque amou Rebeca e assim foi consolado depois da morte da sua mãe." Gênesis 24:67. PH 126 3 Que contraste entre o procedimento de Isaque e o que é praticado pelos jovens de nosso tempo, mesmo entre os que se dizem cristãos! Muitas vezes os jovens acham que a entrega de suas afeições é uma questão em que apenas o eu deve ser consultado -- uma questão em que nem Deus nem os pais deveriam interferir de maneira alguma. Muito antes de atingirem a idade de homens ou mulheres feitos, se acham competentes para fazerem sua própria escolha, sem o auxílio de seus pais. Poucos anos da vida de casados geralmente são suficientes para lhes mostrar seu erro, mas freqüentemente é muito tarde para impedir seus tristes resultados. Pela mesma falta de prudência e domínio próprio que levou à escolha precipitada, permite-se que o mal se agrave, até que o casamento se torne um jugo torturante. Muitos assim destruíram sua felicidade nesta vida, e sua esperança na vida futura. PH 126 4 Se há um assunto que deve ser cuidadosamente considerado, e no qual se deve procurar o conselho de pessoas mais velhas e experientes, é o do casamento; se a Bíblia já foi necessária como conselheira, se a direção divina deve ser procurada em oração, é antes de dar um passo que une pessoas para toda a vida. PH 127 1 Os pais nunca devem perder de vista sua responsabilidade pela felicidade futura de seus filhos. A consideração de Isaque para com os conselhos de seu pai foi o resultado do ensino que o habilitou a amar uma vida de obediência. Ao mesmo tempo em que Abraão exigia de seus filhos que respeitassem a autoridade paterna, sua vida diária demonstrava que essa autoridade não era um domínio egoísta ou arbitrário, mas que se fundava no amor e tinha em vista o bem-estar e a felicidade deles. PH 127 2 Pais e mães devem sentir ser seu dever orientar as afeições dos jovens, para que possam ser colocadas naqueles que serão companheiros adequados. Devem sentir como seu dever, pelo próprio ensino e exemplo, com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal forma o caráter de seus filhos desde os primeiros anos para que sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e o verdadeiro. Os semelhantes se atraem; os semelhantes apreciam os semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo implantado na alma, e os jovens buscarão a companhia daqueles que possuem essas características. ... PH 127 3 O amor verdadeiro é um princípio elevado e santo, totalmente diferente em caráter daquele amor que é despertado por impulso, e que repentinamente morre quando duramente provado. É pela fidelidade para com o dever na casa paterna que os jovens devem se preparar para seus próprios lares. Pratiquem eles aqui a abnegação e manifestem bondade, cortesia e simpatia cristã. Dessa forma, o amor será mantido aquecido no coração, e aquele que parte de um lar assim, para ser chefe de sua própria família, saberá como promover a felicidade daquela que escolheu como companheira de toda a vida. O casamento, em vez de ser o fim do amor, será apenas seu começo. -- Patriarcas e Profetas, 174-176. ------------------------Capítulo 52 -- Segurança através da oração PH 129 1 Em meio aos perigos destes últimos dias, a única segurança dos jovens está em intensificar a vigilância e a oração. O jovem que sente prazer na leitura da Palavra de Deus e na hora da oração será constantemente refrigerado pelo beber da fonte da vida. Atingirá um nível de excelência moral e pensamentos tão amplos que outros não podem compreender. A comunhão com Deus estimula bons pensamentos, aspirações nobres, percepções claras da verdade e elevados propósitos de ação. Aqueles que assim se ligam a Deus são reconhecidos por Ele como Seus filhos e filhas. Estão constantemente alcançando mais e mais, obtendo mais claros vislumbres de Deus e da eternidade, até que o Senhor os torna canais de luz e sabedoria para o mundo. Como orar PH 129 2 A oração não é compreendida como deveria ser. Nossas orações não são para informar a Deus de algo que Ele não sabe. O Senhor conhece os segredos de cada um. Nossas orações não precisam ser longas e em voz alta. Deus lê os pensamentos ocultos. Podemos orar em particular, e Aquele que vê secretamente ouvirá e nos recompensará publicamente. PH 129 3 As orações feitas a Deus para falar-Lhe de toda a nossa indignidade, quando não nos sentimos absolutamente indignos, são orações hipócritas. É a oração sincera que Deus atende. "Pois o Altíssimo, o Santo Deus, o Deus que vive para sempre, diz: 'Eu moro num lugar alto e sagrado, mas moro também com os humildes e os aflitos, para dar esperança aos humildes e aos aflitos, novas forças.'" Isaías 57:15. PH 129 4 A finalidade da oração não é produzir qualquer mudança em Deus; ela nos coloca em harmonia com Ele. Não ocupa o lugar do dever. Por mais freqüentes e fervorosas que sejam as orações feitas, jamais serão aceitas por Deus em lugar de nosso dízimo. A oração não paga nossas dívidas para com Deus. ... A oração traz poder PH 130 1 A força que a oração a Deus proporciona nos prepara para os deveres diários. As tentações a que estamos diariamente expostos tornam a oração uma necessidade. Para que sejamos guardados pelo poder de Deus através da fé, os desejos da mente devem ser continuamente elevados em silenciosa oração. Quando somos cercados pelas influências destinadas a nos desviar de Deus, nossos pedidos de auxílio e força devem ser constantes. Se não for assim, nunca seremos bem-sucedidos em vencer o orgulho e o poder da tentação quanto aos pecados que nos separam do Salvador. A luz da verdade santificando a vida revelará, ao que a recebe, as paixões pecaminosas do coração que estão lutando pela supremacia e que lhe tornam necessários todos os seus esforços para resistir a Satanás e vencer através dos méritos de Jesus. -- The Youth's Instructor, 18 de Agosto de 1898. ------------------------Capítulo 53 -- Oração sincera é atendida PH 130 2 Foi no monte, com Deus, que Moisés contemplou o modelo daquela maravilhosa construção que devia ser o lugar permanente de Sua glória. É com Deus no monte -- o lugar secreto de comunhão -- que devemos contemplar Seu glorioso ideal para a humanidade. Assim seremos habilitados a modelar a edificação de nosso caráter de tal maneira que esta promessa possa se cumprir em nós: "Eu vou morar e viver com eles. Serei o Deus deles, e eles serão o Meu povo." 2 Coríntios 6:16. PH 130 3 Enquanto estamos envolvidos em nosso trabalho diário, devemos elevar a mente ao Céu em oração. Esses pedidos silenciosos sobem como incenso diante do trono da graça; e o inimigo é frustrado. O cristão que coloca o coração em Deus não pode ser vencido. Nenhuma artimanha maligna pode destruir sua paz. Todas as promessas da Palavra de Deus, todo o poder da graça divina, todos os recursos de Jeová, são usados para garantir seu livramento. Foi assim que Enoque andou com Deus. E Deus estava com Ele, um auxílio em todo tempo de necessidade. ... Em contato com o infinito PH 131 1 A oração é a respiração da alma. É o segredo do poder espiritual. Nenhum outro recurso da graça pode substituí-la, e a saúde da alma ser conservada. A oração coloca a pessoa em contato imediato com a Fonte da vida, e fortalece os nervos e músculos da experiência religiosa. Se o exercício da oração for desprezado ou ela for feita ocasionalmente, quando parecer conveniente, você perderá a firmeza em Deus. As faculdades espirituais perdem a vitalidade, a experiência religiosa não tem saúde e vigor. ... PH 131 2 É maravilhoso podermos orar sabendo que seremos ouvidos, que mortais indignos e pecadores podem apresentar seus pedidos a Deus. Que mais elevado poder pode o homem desejar do que este -- estar ligado com o Deus infinito? O homem fraco e pecador tem o privilégio de falar com seu Criador. Podemos proferir palavras que cheguem ao trono do Rei do Universo. Podemos falar com Jesus enquanto caminhamos, e Ele diz: Estou ao seu lado. Salmos 16:8. PH 131 3 Podemos nos comunicar com Deus em nosso íntimo; podemos andar na companhia de Cristo. Quando envolvidos em nosso trabalho diário, podemos manifestar o desejo de nosso coração, inaudível a qualquer ouvido humano; mas essas palavras não desaparecerão no silêncio, nem serão perdidas. Nada pode sufocar o desejo do coração. Ele se ergue acima do barulho da rua, acima do ruído das máquinas. É com Deus que estamos falando e nossa oração é ouvida. PH 131 4 Peça, então; peça e você receberá. Peça humildade, sabedoria, coragem, mais fé. Toda oração sincera será atendida. Talvez não seja atendida exatamente como se deseja, ou na hora em que se espera; mas será atendida no momento e da maneira que for melhor para satisfazer sua necessidade. Deus responde às orações que você faz na solidão, quando está cansado, em provação, nem sempre conforme espera, mas sempre para o seu bem. -- Obreiros Evangélicos, 254-258. ------------------------Capítulo 54 -- Nossa atitude em oração PH 132 1 Tanto no culto público como no particular, é nosso privilégio dobrar os joelhos perante o Senhor quando fazemos nossos pedidos a Ele. Jesus, nosso exemplo, "ajoelhou-Se e começou a orar". Lucas 22:41. Acerca de Seus discípulos está registrado que eles também se ajoelhavam e oravam. Atos dos Apóstolos 9:40; 20:36; 21:5. Paulo declarou: "... eu me ajoelho diante do Pai". Efésios 3:14. Ao confessar perante Deus os pecados de Israel, Esdras se ajoelhou. Esdras 9:5. Daniel "ajoelhou-se e orou, dando graças ao seu Deus. Ele costumava fazer isso três vezes por dia". Daniel 6:10. PH 132 2 A verdadeira reverência para com Deus é inspirada pela percepção de Sua infinita grandeza e de Sua presença. Todo coração deve ser profundamente impressionado com essa percepção do Invisível. A hora e o lugar da oração são sagrados, porque Deus está ali; e, à medida que a reverência for manifestada em atitude e comportamento, o sentimento que a inspirará se tornará mais profundo. "Ele é santo e poderoso" (Salmos 111:9), declara o salmista. Quando os anjos falam Seu nome, cobrem o rosto. Com que reverência, então, nós, caídos e pecadores, devemos proferi-lo! PH 132 3 Bom seria, para idosos e moços, meditarem nas palavras da Escritura que mostram como deve ser considerado o lugar marcado pela presença especial de Deus. "Pare aí e tire as sandálias", ordenou Ele a Moisés na sarça ardente, "pois o lugar onde você está é um lugar sagrado." Êxodo 3:5. Jacó, depois de contemplar a visão dos anjos, exclamou: "De fato, o Senhor Deus está neste lugar, e eu não sabia disso." Gênesis 28:16. -- Obreiros Evangélicos, 178, 179. ------------------------Capítulo 55 -- Fé e oração PH 133 1 Através da fé em Cristo, toda deficiência de caráter pode ser compensada, toda contaminação removida, toda falta corrigida, toda boa qualidade desenvolvida. PH 133 2 "E vocês receberam a vida completa por estarem unidos com Ele." Colossences 2:10. A oração e a fé são aliadas íntimas, e necessitam ser consideradas juntas. Na oração da fé, há uma ciência divina; é uma ciência que todo aquele que deseja tornar o trabalho um sucesso deve compreender. Cristo diz: "Quando vocês orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo lhes será dado." Marcos 11:24. Ele deixa claro que o nosso pedido deve ser feito de acordo com a vontade de Deus; devemos pedir coisas que Ele prometeu, e o que recebermos deve ser usado em fazer Sua vontade. Satisfeitas as condições, a promessa é certa. PH 133 3 Podemos pedir o perdão do pecado, o Espírito Santo, um temperamento cristão, sabedoria e força para fazer a obra de Deus, algum dom que Ele prometeu; então devemos crer que recebemos e agradecer a Deus por termos recebido. PH 133 4 Não precisamos esperar por qualquer evidência exterior da bênção. O dom está na promessa, e podemos fazer nossa parte, certos de que Deus é capaz de realizar o que prometeu, e de que o dom que já possuímos se manifestará quando mais necessitarmos dele. -- Educação, 257, 258. ------------------------Capítulo 56 -- Cabeça boa PH 134 1 O estudo da Bíblia é superior a todos os outros no fortalecimento do intelecto. Quanto conhecimento os jovens podem adquirir ao explorar a Palavra de Deus! A mente pode se aprofundar mais e mais em seu estudo, adquirindo força a cada esforço para compreender a verdade; e ainda existe um infinito além. PH 134 2 Os que professam amar a Deus e reverenciar as coisas sagradas, mas permitem que a mente se rebaixe ao que é superficial e irreal, estão-se colocando no terreno de Satanás e fazendo sua obra. Se os jovens estudassem as gloriosas obras de Deus na natureza, Sua majestade e poder como revelados em Sua Palavra, teriam as faculdades avivadas e elevadas. Receberiam força, sem arrogância. Através da contemplação das maravilhas do poder divino, a mente aprenderá esta lição -- a mais difícil, porém a mais útil de todas -- de que a sabedoria humana é loucura se não estiver ligada ao Infinito e santificada pela graça. A obra mediadora de Cristo PH 134 3 A obra do querido Filho de Deus de ligar a criatura com o Criador, o finito com o Infinito, através de Sua própria pessoa divina, é um tema que bem pode ocupar nossos pensamentos por toda a existência. Essa obra de Cristo deveria confirmar a inocência e lealdade dos seres de outros mundos, bem como salvar os perdidos e os que estão a perecer na Terra. Ele abriu um caminho para que os desobedientes voltassem a obedecer a Deus, enquanto, pelo mesmo ato, protegeu os que já eram puros, para que não se contaminassem com o pecado. PH 134 4 Enquanto nos alegramos de que existam mundos que jamais caíram, esses mundos louvam, honram e glorificam a Jesus Cristo pelo plano da redenção para salvar os filhos de Adão que pecaram, além de confirmá-los em sua posição e seu caráter de pureza. O braço que ergueu a família humana da ruína que Satanás trouxe à raça através de suas tentações é o mesmo que protegeu do pecado os habitantes de outros mundos. O Pai e o Filho Se preocupam e amparam cada mundo através do espaço infinito, e esse cuidado é constantemente exercido em favor da humanidade caída. Cristo está intercedendo em favor do homem, e a ordem dos mundos invisíveis também é conservada por Sua obra mediadora. Não são esses temas de suficiente grandeza e importância para ocupar nossos pensamentos e levar-nos a agradecer e adorar a Deus? Desenvolvimento intelectual PH 135 1 Abram a Bíblia aos nossos jovens, atraiam sua atenção aos tesouros escondidos, ensinem-lhes a procurar suas jóias de verdade, e obterão tal força intelectual que o estudo de tudo quanto a filosofia abrange não poderia transmitir. Os grandes temas de que a Bíblia trata, a digna simplicidade de suas declarações inspiradas, os assuntos elevados que apresenta à mente, a luz penetrante e clara do trono de Deus iluminando o entendimento, desenvolverão tanto as faculdades da mente, que isso dificilmente poderá ser compreendido e nunca totalmente explicado. PH 135 2 A Bíblia apresenta um campo ilimitado à imaginação, tão mais elevado e enobrecedor no caráter do que as criações superficiais do intelecto não santificado, tanto quanto o Céu está mais alto do que a Terra. A história inspirada de nossa raça é colocada nas mãos de cada indivíduo. Todos podem começar agora sua busca. Podem se familiarizar com nossos primeiros pais como se encontravam no Éden, em santa inocência, desfrutando a comunhão com Deus e com os anjos sem pecado. Podem comprovar como teve início o pecado e seus resultados sobre a raça humana, e seguir, passo a passo, o trajeto da história sagrada, conforme registra a desobediência e a impenitência do homem e a justa retribuição do pecado. A mais elevada cultura PH 135 3 O leitor pode aprender com patriarcas e profetas; pode acompanhar as cenas mais inspiradoras; pode contemplar a Cristo, que era Rei no Céu, igual a Deus, descendo até à humanidade e colocando em prática o plano de redenção, libertando o homem das correntes com que Satanás o prendera, e tornando-lhe possível recuperar sua natureza semelhante a Deus. Cristo, tomando sobre Si a humanidade, mantendo-Se ao nível do homem por trinta anos, e oferecendo Sua vida em sacrifício pelo pecado para que o homem não fosse deixado a morrer, é um assunto para a mais profunda reflexão e o mais concentrado estudo. ... PH 136 1 Compreenda a mente as maravilhosas verdades da revelação, e nunca se contentará em empregar suas faculdades em assuntos banais; antes, se voltará sentindo aversão à literatura desprezível e aos divertimentos inúteis que estão desmoralizando os jovens de hoje. Os que têm aprendido com os poetas e sábios da Bíblia, e cuja mente tem sido despertada pelos gloriosos atos dos heróis da fé, sairão dos ricos campos de pensamentos muito mais puros de coração e elevados na mente do que se tivessem estudado os mais célebres autores seculares, ou contemplado e glorificado as façanhas dos Faraós, dos Herodes e dos Césares do mundo. PH 136 2 As habilidades dos jovens estão, na maioria, inativas, porque eles não fazem do temor de Deus o princípio da sabedoria. O Senhor deu sabedoria e conhecimento a Daniel porque ele não era influenciado por qualquer poder que interferisse em seus princípios religiosos. A razão por que temos tão poucos homens de entendimento, de estabilidade e sólido valor, é que muitos pensam que encontrarão grandeza estando desligados do Céu. PH 136 3 Deus não é reverenciado, amado e honrado pelos filhos dos homens. A religião não é vivida da mesma maneira que professada. O Senhor pouco pode fazer em favor do homem, porque ele facilmente se enche de orgulho e se considera muito importante! Deus deseja que aumentemos nossas aptidões e aproveitemos todo privilégio de expandir, cultivar e fortalecer o entendimento. O homem nasceu para uma vida mais elevada e nobre do que a que ele desenvolve. O período de nossa existência mortal nos prepara para a vida que se compara à vida de Deus. A Bíblia é uma grande escola PH 137 1 Que assuntos maravilhosos são apresentados nas Sagradas Escrituras para meditação! Onde poderão ser encontrados temas mais elevados para meditação? Onde podemos encontrar temas tão interessantes? Em que sentido são todas as pesquisas da ciência humana comparáveis, em sublimidade e mistério, à ciência da Bíblia? Onde encontrar algo que assim desperte as energias da mente em pensamento profundo e sério? PH 137 2 Se permitirmos que nos fale, a Bíblia nos ensinará o que coisa alguma pode ensinar. Mas ai! O tempo é gasto em tudo, menos na Palavra de Deus. A literatura sem valor, histórias de ficção, são lidas com ansiedade, enquanto a Bíblia, com todos os seus tesouros de sagrada verdade, é negligenciada sobre nossa mesa. Se se tornar a norma da vida, a Palavra de Deus refinará, elevará e santificará. É a voz de Deus ao homem. Vamos dar-lhe ouvidos? PH 137 3 "A explicação da Tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples." Salmos 119:130. Anjos se colocam ao lado daquele que pesquisa as Escrituras, para impressionar e iluminar-lhe a mente. A advertência de Cristo tem a mesma força para nós que ao ser dirigida aos primeiros discípulos, dezoito séculos atrás: "Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna. E são elas mesmas que falam a respeito de Mim." João 5:39. -- The Review and Herald, 11 de Janeiro de 1881. ------------------------Capítulo 57 -- Tarefa individual PH 137 4 Os jovens devem examinar as Escrituras por si mesmos. Não devem achar que é suficiente os mais velhos em experiência descobrirem a verdade; que os mais jovens devem aceitá-la deles como autoridade. Os judeus pereceram como nação porque foram afastados da verdade bíblica por seus líderes, sacerdotes e anciãos. Se eles tivessem dado ouvido às lições de Jesus e examinado as Escrituras por si mesmos, não teriam perecido. ... PH 138 1 É impossível para qualquer mente compreender toda a riqueza e grandeza de uma única promessa de Deus. Um capta a glória de um ponto de vista, outro a beleza e graça de outro ponto, e o espírito enche-se da luz celestial. Se víssemos toda a glória, o espírito não suportaria. Mas podemos suportar revelações muitíssimo maiores das abundantes promessas de Deus do que agora desfrutamos. Fico triste em pensar como perdemos de vista a plenitude da bênção para nós reservada. Nós nos contentamos com rápidos lampejos de iluminação espiritual, quando poderíamos caminhar, dia após dia, na luz de Sua presença. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 109, 111. ------------------------Capítulo 58 -- Estudando a Bíblia PH 138 2 "Vocês estudam as Escrituras Sagradas porque pensam que vão encontrar nelas a vida eterna." João 5:39. [Em lugar da palavra "estudam", acha-se, na versão inglesa, "search", isto é, pesquisam, buscam.] Dar busca significa procurar com muito cuidado alguma coisa que se perdeu. Busque os tesouros escondidos na Palavra de Deus. Você não pode ficar sem eles. Estude as passagens difíceis, comparando verso com verso, e descobrirá que um texto é a chave para outro texto. PH 138 3 Os que estudam a Bíblia com oração ficam mais sábios depois de cada pesquisa. Algumas de suas dificuldades foram resolvidas, porque o Espírito Santo realizou a obra mencionada em João 14:26: "O Auxiliador, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em Meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará com que lembrem de tudo o que Eu disse a vocês." PH 138 4 Nada que valha a pena possuir é obtido sem diligente e perseverante esforço. Nos negócios, unicamente aqueles que têm vontade de fazer as coisas experimentam bons resultados. Sem esforço não podemos esperar obter conhecimento de coisas espirituais. Os que conseguem as jóias da verdade precisam cavar à sua procura como um mineiro cava para encontrar o ouro escondido na terra. PH 139 1 Os que trabalham com indiferença e não se dedicam completamente não serão bem-sucedidos. Jovens e idosos devem ler a Palavra de Deus; e não somente devem lê-la, mas estudá-la com muita atenção, orando, crendo e investigando. Assim encontrarão o tesouro escondido, porque o Senhor lhes avivará o entendimento. Mente receptiva PH 139 2 No estudo da Palavra, deixe de lado as opiniões preconcebidas e as idéias herdadas e cultivadas. Você nunca alcançará a verdade se estudar as Escrituras para defender suas próprias idéias. Deixe-as de lado e, com o coração contrito, ouça o que o Senhor tem a lhe dizer. Quando a pessoa humilde que procura a verdade senta-se aos pés de Cristo e aprende dEle, a Palavra lhe dá entendimento. Àqueles que são sábios demais aos próprios olhos para estudar a Bíblia, Cristo diz: Vocês devem se tornar mansos e humildes de coração, se desejam ser sábios para a salvação. PH 139 3 Não leia a Palavra à luz de opiniões antigas; mas, com a mente livre de preconceitos, busque-a com cuidado e oração. Se, à medida que lê, sente-se convicto a respeito de algo, e nota que suas próprias opiniões não estão em harmonia com a Palavra, não tente adaptá-la a essas opiniões. Ajuste suas opiniões à Palavra. Não permita que as crenças ou práticas anteriores dominem o entendimento. Deixe a mente receptiva às maravilhas da lei. Descubra o que está escrito, e então firme os pés na Rocha eterna. O conhecimento da vontade de Deus PH 139 4 Nossa salvação depende do conhecimento da vontade de Deus, segundo se encontra em Sua Palavra. Nunca pare de pedir e buscar a verdade. Você precisa conhecer seu dever. Necessita saber o que deve fazer para ser salvo. PH 140 1 E é a vontade de Deus que você saiba o que Ele lhe tem dito. Mas deve exercer fé. À medida que examina as Escrituras, precisa crer que Deus existe, e que Ele recompensará os que O buscam diligentemente. PH 140 2 Busque a Bíblia com o coração faminto de alimento espiritual. Procure na Palavra como o mineiro procura na terra para encontrar os veios de ouro. Não desista da busca até que tenha aprendido sua relação para com Deus e Sua vontade para você. -- The Youth's Instructor, 24 de Julho de 1902. Reverência no estudo da Bíblia PH 140 3 Devemos estudar a Bíblia com reverência, sentindo que estamos na presença de Deus. Toda leviandade e futilidade devem ser colocadas de lado. Embora algumas porções da Palavra sejam facilmente compreendidas, o verdadeiro significado de outras partes não é tão rapidamente discernido. Deve haver estudo e meditação pacientes e oração fervorosa. Ao abrir as Escrituras, cada estudante deve pedir iluminação do Espírito Santo, e certa é a promessa de que será dada. PH 140 4 O espírito com que estudam as Escrituras determinará o caráter de quem vai auxiliá-los. Anjos do mundo da luz estarão com os que buscam a orientação divina com humildade de coração. Mas se a Bíblia for aberta com irreverência, com sentimento de auto-suficiência, se o coração estiver cheio de preconceitos, Satanás estará ao seu lado, e apresentará as declarações simples da Palavra de Deus numa luz pervertida. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 107, 108. ------------------------Capítulo 59 -- Recompensas PH 141 1 A busca pela verdade recompensará todas as vezes aquele que a procura, e cada descoberta abrirá mais ricos campos à sua pesquisa. Os homens são transformados de acordo com o que contemplam. Se pensamentos e questões comuns ocupam a atenção, o homem será comum. Se é negligente demais para obter apenas uma compreensão superficial da verdade de Deus, não receberá as ricas bênçãos que Ele Se alegraria em dar-lhe. É a lei da mente que ela se estreite ou amplie nas dimensões das coisas com que se torna familiarizada. PH 141 2 As faculdades mentais certamente diminuirão e perderão sua capacidade de compreender o profundo sentido da Palavra de Deus, a menos que sejam colocadas, rigorosa e persistentemente, na tarefa de buscar a verdade. A mente ampliará seus horizontes, ao se dedicar a descobrir a relação dos temas bíblicos, comparando texto com texto, e coisas espirituais com coisas espirituais. Não se contente com o superficial; os mais preciosos tesouros do pensamento aguardam o estudante hábil e aplicado. Um guia PH 141 3 Que o estudante faça da Bíblia o seu guia, e permaneça firme nos princípios, e poderá aspirar a qualquer altura. -- A Ciência do Bom Viver, 465. ------------------------Capítulo 60 -- A melhor filosofia de vida PH 141 4 Como educador, as Escrituras Sagradas não têm rival. A Bíblia é a história mais antiga e abrangente que os homens possuem. Procede diretamente da Fonte da verdade eterna; e a mão de Deus preservou sua pureza através dos séculos. Ela ilumina o passado distante, onde a pesquisa humana procura em vão penetrar. Apenas na Palavra de Deus contemplamos o poder que lançou os fundamentos da Terra e estendeu os céus. Apenas nela encontramos um relato autêntico da origem das nações. Unicamente nela se apresenta a história de nossa raça, sem a influência do orgulho ou preconceito humano. Voz de Deus PH 142 1 A mente encontra na Palavra de Deus assuntos para a mais profunda reflexão e as mais elevadas aspirações. Através dela podemos manter comunhão com patriarcas e profetas, e ouvir a voz do Eterno ao falar com os homens. Nela contemplamos a Majestade do Céu, quando Se humilhou para tornar-Se nosso substituto e segurança, para enfrentar sozinho o poder das trevas e obter a vitória em nosso favor. Uma contemplação reverente de temas como esses não pode deixar de suavizar, purificar e enobrecer o coração, além de inspirar a mente com nova força e vigor. PH 142 2 Os que consideram como ato corajoso e maduro tratar os pedidos de Deus com indiferença e desprezo estão desse modo denunciando sua própria loucura e ignorância. Enquanto se orgulham de sua liberdade e independência, estão na verdade no cativeiro do pecado e de Satanás. Verdadeira filosofia de vida PH 142 3 Uma concepção clara do que Deus é, e do que Ele requer que sejamos, nos conduzirá à verdadeira humildade. Aquele que estuda corretamente a Santa Palavra saberá que o intelecto humano não é onipotente. Aprenderá que, sem o auxílio que só Deus pode dar, a força e a sabedoria humanas são apenas fraqueza e ignorância. PH 142 4 O que segue a orientação divina encontra a única fonte verdadeira de graça salvadora e real felicidade, e obtém o poder de transmitir felicidade a todos ao seu redor. Ninguém pode verdadeiramente ter prazer na vida sem religião. O amor a Deus purifica e enobrece cada gosto e desejo, intensifica cada sentimento e Abrilhanta todo prazer digno. Habilita o homem a apreciar e ter prazer em tudo que é verdadeiro, bom e belo. PH 143 1 Mas o que deve nos levar a apreciar a Bíblia, acima de todas as demais considerações, é que nela está revelada a vontade de Deus aos homens. Nela aprendemos o objetivo de nossa criação e os meios pelos quais esse objetivo pode ser atingido. Aprendemos de maneira sábia como melhorar a vida presente e como garantir a futura. Nenhum outro livro pode satisfazer às dúvidas da mente ou aos anseios do coração. Obtendo conhecimento da Palavra de Deus e dando-lhe atenção, os homens podem erguer-se das maiores profundezas da degradação, para se tornarem filhos de Deus, companheiros de anjos puros. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 52-54. ------------------------Capítulo 61 -- Comportamento na igreja PH 143 2 É seu privilégio, querido jovem, glorificar a Deus na Terra. Para fazer isso, você deve desviar a mente das coisas superficiais, frívolas e sem importância, para as que são de valor eterno. PH 143 3 Estamos vivendo num tempo em que todos devemos especialmente atender à recomendação do Salvador: "Vigiem e orem para que não sejam tentados." Mateus 26:41. Uma de suas tentações mais fortes é a irreverência. Deus é altíssimo e santo; e para a alma humilde e crente, Sua casa na Terra, o lugar em que Seu povo se reúne para adorá-Lo, é a porta do Céu. Os hinos de louvor, as palavras proferidas pelos ministros de Cristo, são instrumentos designados por Deus para preparar um povo para a igreja celeste, para aquele culto de adoração mais elevado, em que nada do que é impuro e não santificado poderá participar. PH 143 4 A reverência é muito necessária entre os jovens deste século. Fico alarmada ao ver crianças e jovens, filhos de pais religiosos, tão descuidados quanto à ordem e às boas maneiras que devem ser observadas na casa de Deus. Enquanto os servos de Deus estão apresentando as palavras de vida às pessoas, alguns ficam lendo, outros cochichando e rindo. Eles estão pecando ao desviar a atenção dos que estão ao seu redor. Se não for corrigido, esse hábito aumentará e influenciará a outros. PH 144 1 Crianças e jovens nunca devem achar que seja motivo de orgulho ser indiferentes e descuidados nas reuniões onde Deus é adorado. Deus vê todo pensamento ou ato irreverente, e isso é registrado nos livros do Céu. Ele diz: "Eu sei o que vocês têm feito." Não há nada que não pode ser visto por Seus olhos. Se vocês já formaram em qualquer grau o hábito da desatenção ou indiferença na casa de Deus, usem a capacidade que têm para corrigi-lo, e mostrem que têm respeito próprio. Pratiquem a reverência até que ela se torne parte de vocês mesmos. PH 144 2 Não tenham tão pouca reverência pela casa e o culto de Deus a ponto de conversar uns com os outros durante o sermão. Se os que cometem essa falta pudessem ver os anjos de Deus olhando para eles e anotando suas ações, sentiriam vergonha e desprezo por si mesmos. Deus deseja ter ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que o inimigo semeou o joio. PH 144 3 Nada do que é sagrado, nada do que pertence ao culto de Deus, deve ser tratado com descuido e indiferença. Quando a palavra da vida é apresentada, vocês devem se lembrar de que estão ouvindo a voz de Deus através de Seu servo escolhido. Não perca essas palavras pela desatenção; se atendidas, elas poderão impedir que seus pés se desviem para os maus caminhos. Leviandade para com as coisas religiosas PH 144 4 Sinto-me triste ao ver muitos jovens que se dizem cristãos não saberem o que significa uma mudança de coração. Não sabem o que é transformação de caráter. Não percebem que é uma coisa solene professar ser cristão. Sua vida é inteiramente incoerente. Não têm a disposição de um espírito cristão. Se eles fizessem parte dos que são verdadeiramente filhos e filhas de Deus, não se satisfariam com bobagens, gracejos e futilidades; nem os comentários e a conduta tola dos outros lhes despertariam o mesmo espírito. A mente que está decidida a obter o prêmio, garantir o Céu, rejeitará com firme e determinado propósito toda tentativa de gracejo e zombaria com respeito às coisas espirituais. PH 145 1 A indiferença quanto a esse assunto oferece grande perigo; nenhuma loucura é tão sutil como a falta de reflexão e a leviandade. De todos os lados vemos jovens de caráter frívolo. Todos os jovens desse tipo devem ser evitados; pois são perigosos. Se dizem ser cristãos, devem ser mais temidos ainda. Sua mente está moldada em forma inferior e será muito mais fácil para eles rebaixá-los ao nível deles, do que vocês conduzi-los a elevados e nobres pensamentos e à maneira correta de proceder. Que seus companheiros sejam decentes nas palavras e na conduta. PH 145 2 Para fazerem o melhor em demonstrar o louvor de Deus, suas amizades devem ser as que mantêm em sua mente a diferença entre o sagrado e o comum. Se vocês desejam ter visão ampla, pensamentos e aspirações nobres, escolham amigos que fortaleçam os princípios corretos. Que todo pensamento e propósito de cada ação sejam para garantir a vida futura e a felicidade eterna. -- The Youth's Instructor, 8 de Outubro de 1896. ------------------------Capítulo 62 -- Uma firme esperança PH 145 3 Como você sabe se foi aceito por Deus? Estude Sua Palavra com oração. Não a troque por qualquer outro livro. Esse livro convence do pecado. Revela claramente o caminho da salvação. Apresenta uma recompensa brilhante e gloriosa. Revela um Salvador completo, e ensina que unicamente através de Sua ilimitada misericórdia você pode esperar a salvação. PH 146 1 Não despreze a oração particular, pois é a alma da religião. Com oração sincera e fervorosa, peça pureza de alma. Suplique tão ardente e fervorosamente como o faria por sua existência mortal, caso ela estivesse em jogo. Permaneça diante de Deus até que você deseje ardentemente a salvação, e seja obtida a doce certeza do perdão dos pecados. PH 146 2 A esperança da vida eterna não deve ser sustentada por frágeis fundamentos. É um assunto que deve ser alicerçado entre Deus e você mesmo -- consolidado para a eternidade. Uma suposta esperança, apenas, não é suficiente. Visto que depende da Palavra de Deus a sua vitória ou queda, é nessa Palavra que você deve buscar testemunho em seu caso. Nela você pode ver o que é exigido para que se torne cristão. Não tire a armadura nem abandone o campo de batalha até que tenha obtido a vitória e triunfe em seu Redentor. -- Testemunhos Para a Igreja 1:163, 164. ------------------------Reavivamento e seus Resultados RR 2 1 Capítulo 1 -- Conversões -- simuladas ou reais RR 11 1 Capítulo 2 -- Como ser um cristão renascido RR 17 1 Capítulo 3 -- Deus também tem regulamentos RR 20 1 Capítulo 4 -- Equilíbrio entre fé e obras RR 24 2 Capítulo 5 -- Salvo unicamente "em Cristo" RR 29 1 Capítulo 6 -- Cuidado com as imitações RR 37 3 Capítulo 7 -- É ainda uma luta ------------------------Capítulo 1 -- Conversões -- simuladas ou reais Poder da palavra RR 2 1 Onde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era proclamada com poder. Os pecadores sentiam despertar-lhes a consciência. A "luz... que alumia a todo homem que vem ao mundo" (João 1:9) iluminava-lhes os íntimos recessos da alma, e as coisas ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do pecado, da justiça e do juízo vindouro. Tinham a intuição da justiça de Jeová, e sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam: "Quem me livrará do corpo desta morte?" Romanos 7:24. Ao revelar-se a cruz do Calvário, com seu infinito sacrifício pelos pecados dos homens, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões; somente esses méritos poderiam reconciliar os homens com Deus. Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram "a remissão dos pecados dantes cometidos". Romanos 3:25. Novo estilo de vida RR 2 2 Aquelas pessoas produziram frutos dignos de arrependimento. Creram e foram batizadas, e levantaram-se para RR 2 3 andar em novidade de vida -- como novas criaturas em Cristo Jesus; não para se conformarem aos desejos anteriores, mas, pela fé no Filho de Deus, seguir-Lhe os passos, refletir-Lhe o caráter, e purificar-se, assim como Ele é puro. As coisas que antes odiavam, agora amavam; e as que antes amavam, passaram a odiar. Os orgulhosos e presunçosos tornaram-se mansos e humildes de coração. Os vaidosos e arrogantes se fizeram graves e acessíveis. Os profanos se tornaram reverentes, sóbrios os ébrios, os devassos puros. As modas vãs do mundo foram postas de parte. Os cristãos procuravam não o "enfeite... exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". 1 Pedro 3:3, 4. RR 2 4 Os reavivamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos apelos solenes e fervorosos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus pela salvação de outros. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos nas pessoas que não fugiam da renúncia e do sacrifício, mas que se regozijavam de que fossem consideradas dignas de sofrer dificuldade e provação por amor de Cristo. Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência. ... RR 3 1 Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o que tinha roubado, confessa os pecados e ama a Deus e seus semelhantes, o pecador pode estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de reavivamento espiritual. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação dos homens e para reerguimento da humanidade. Reavivamentos falsos -- Qual a diferença? RR 3 2 Muitos reavivamentos dos tempos modernos têm, no entanto, apresentado notável contraste com aquelas manifestações de graça divina que nos tempos primitivos se seguiam aos esforços dos servos de Deus. É verdade que se desperta grande interesse, muitos professam conversão, vão às igrejas; não obstante, os resultados não são de molde a autorizar a crença de que houve aumento correspondente da verdadeira vida espiritual. A luz que brilha por algum tempo logo se apaga, deixando as trevas mais densas do que antes. RR 3 3 Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à imaginação, despertando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério. RR 3 4 Para todo indivíduo verdadeiramente convertido, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande objeto da vida. ... Antes dos juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo muitos se separarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor. RR 4 1 O inimigo das almas deseja estorvar esta obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; se manifestará o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão. Por que ser enganado? RR 4 2 Em muitos dos reavivamentos ocorridos durante o último meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro. Há um reavivamento apenas emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para desviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu -- "por seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:16) -- é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus. RR 4 3 Nas verdades de Sua Palavra, Deus deu aos homens a revelação de si mesmo; e a todos os que as aceitam servem de escudo contra os enganos de Satanás. Foi a negligência dessas verdades que abriu a porta aos males que tanto se estão generalizando agora no mundo religioso. Tem-se perdido de vista, em grande parte, a natureza e importância da lei de Deus. Uma concepção errônea do caráter, perpetuidade e vigência da lei divina, tem ocasionado erros quanto à conversão e santificação, resultando em baixar, na igreja, a norma de piedade. Aqui deve encontrar-se o segredo da falta do Espírito e poder de Deus nos avivamentos de nosso tempo. ... Pode ser mudada a lei de Deus? RR 4 4 Muitos ensinadores religiosos afirmam que Cristo, pela Sua morte, aboliu a lei e, em virtude disso, estão os homens livres de seus requisitos. Alguns há que a representam como um jugo penoso; e em contraste com a servidão da lei apresentam a liberdade a ser desfrutada sob o evangelho. RR 4 5 Não foi, porém, assim que profetas e apóstolos consideravam a santa lei de Deus. Disse Davi: "Andarei em liberdade, pois busquei os Teus preceitos." Salmos 119:45. O apóstolo Tiago, que escreveu depois da morte de Cristo, refere-se ao Decálogo como a "lei real" (Tiago 2:8) e a "lei perfeita da liberdade". Tiago 1:25. E o autor do Apocalipse, meio século depois da crucifixão, pronuncia uma bênção aos que guardam os Seus mandamentos, "para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas". Apocalipse 22:14. A declaração de que Cristo por Sua morte aboliu a lei do Pai, não tem fundamento. Se tivesse sido possível mudar a lei ou pô-la de parte, não teria sido necessário que Cristo morresse para salvar o homem da pena do pecado. ... Separado e reconciliado RR 5 1 É a obra da conversão e santificação reconciliar os homens com Deus, pondo-os em harmonia com os princípios de Sua lei. No princípio, o homem foi criado à imagem de Deus. Estava em perfeita harmonia com a natureza e com a lei de Deus; os princípios da justiça lhe estavam escritos no coração. O pecado, porém, alienou-o do Criador. Não mais refletia a imagem divina. O coração estava em guerra com os princípios da lei de Deus. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser." Romanos 8:7. Mas "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16), para que o homem pudesse reconciliar-se com Ele. Mediante os méritos de Cristo a humanidade pode se restabelecer à harmonia com o Criador. O coração deve ser renovado pela graça divina; deve receber nova vida de cima. Essa mudança é o novo nascimento, sem o que, diz Jesus, o homem "não pode ver o reino de Deus". João 3:3. RR 5 2 O primeiro passo na reconciliação com Deus, é a convicção do pecado. "Pecado é a transgressão da lei." 1 João 3:4. "Pela lei vem o conhecimento do pecado." Romanos 3:20. A fim de ver sua culpa, o pecador deve provar o caráter próprio pela grande norma divina de justiça. É um espelho que mostra a perfeição de um viver justo, habilitando o pecador a discernir seus defeitos de caráter. RR 5 3 A lei revela ao homem os seus pecados, mas não provê remédio. Ao mesmo tempo que promete vida ao obediente, declara que a morte é a conseqüência para o transgressor. Unicamente o evangelho de Cristo o pode livrar da condenação ou contaminação do pecado. Deve ele exercer o arrependimento em relação a Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo, seu sacrifício expiatório. Obtém assim "remissão dos pecados dantes cometidos" (Romanos 3:25), e se torna participante da natureza divina. ... RR 5 4 Estaria agora na liberdade de transgredir a lei de Deus? Diz Paulo: "Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei." Romanos 3:31. "Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" Romanos 6:2. E João declara: "Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos." 1 João 5:3. No novo nascimento o coração é posto em harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando essa poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. ... Santificação -- Quem efetua a obra? RR 6 1 Teorias errôneas sobre a santificação, procedentes da negligência ou rejeição da lei divina, ocupam lugar preeminente nos movimentos religiosos da época. Essas teorias não somente são falsas no que respeita à doutrina, mas também perigosas nos resultados práticos; e o fato de que estejam tão geralmente alcançando aceitação, torna duplamente essencial que todos tenham clara compreensão do que as Escrituras ensinam a tal respeito. RR 6 2 A verdadeira santificação é doutrina bíblica. O apóstolo Paulo, em carta à igreja de Tessalônica, declara: "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." 1 Tessalonicenses 4:3. E roga: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo." 1 Tessalonicenses 5:23. A Bíblia ensina claramente o que é a santificação, e como deve ser alcançada. O Salvador orou pelos discípulos: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." João 17:17. E Paulo ensina que os crentes devem ser santificados pelo Espírito Santo. Romanos 15:16. Qual é a obra do Espírito Santo? Disse Jesus aos discípulos: "Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade." João 16:13. E o salmista declara: "Tua lei é a verdade." Salmos 119:142. Pela Palavra e Espírito de Deus se revelam aos homens os grandes princípios de justiça incorporados em Sua lei. E desde que a lei de Deus é santa, justa e boa, e imagem da perfeição divina, segue-se que o caráter formado pela obediência àquela lei será santo. Cristo é um exemplo perfeito de semelhante caráter. Diz Ele: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. "Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29. Os seguidores de Cristo devem tornar-se semelhantes a Ele -- pela graça de Deus devem formar caracteres em harmonia com os princípios de Sua santa lei. Isto é santificação bíblica. Esta obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em nós. Paulo adverte os crentes: "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é O que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo." 1 Coríntios 15:57. RR 7 1 As Escrituras claramente revelam que a obra da santificação é progressiva. Quando na conversão o pecador acha paz com Deus mediante o sangue expiatório, apenas iniciou a vida cristã. Deve agora aperfeiçoar-se; crescer até "à medida da estatura completa de Cristo". Efésios 4:13. ... Não há lugar para arrogância RR 7 2 Os que experimentam a santificação bíblica manifestarão um espírito de humildade. Como Moisés, depois de contemplarem a augusta e majestosa santidade, vêem a sua própria indignidade contrastando com a pureza e excelsa perfeição do Ser infinito. RR 7 3 O profeta Daniel é um exemplo da verdadeira santificação. Seus longos anos foram cheios de nobre serviço a Seu Mestre. Foi um homem "mui desejado" do Céu. Daniel 10:11. Todavia, ao invés de ter a pretensão de ser puro e santo, este honrado profeta, quando pleiteava perante Deus em prol de seu povo, identificou-se com os que positivamente eram pecadores em Israel: "Não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias. ... Pecamos; procedemos impiamente." Daniel 9:18, 15. Declara ele: "Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do meu povo." Daniel 9:20. Quando Jó ouviu, do redemoinho, a voz do Senhor, exclamou: "Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza." Jó 42:6. Foi quando Isaías viu a glória do Senhor e ouviu os querubins a clamar -- "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos" -- que exclamou: "Ai de mim, que vou perecendo!" Isaías 6:3, 5. Arrebatado ao terceiro Céu, Paulo ouviu coisas que não era possível ao homem proferir, e fala de si mesmo como "o mínimo de todos os santos." Efésios 3:8; 2 Coríntios 12:2-4. Foi o amado João, que se reclinou ao peito de Jesus, e Lhe contemplou a glória, que caiu como morto aos pés de um anjo. Apocalipse 1:17. RR 7 4 Não pode haver exaltação própria, orgulhosa pretensão à liberdade do pecado, por parte dos que andam à sombra da cruz do Calvário. Sentem eles que foi seu pecado o causador da agonia que quebrantou o coração do Filho de Deus, e este pensamento os levará à humilhação própria. Os que mais perto vivem de Jesus, mais claramente discernem a fragilidade e pecaminosidade do ser humano, e sua única esperança está nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido. Santificação falsa -- Basta "crer tão-somente"? RR 7 5 A santificação que ora adquire preeminência no mundo religioso, traz consigo o espírito de exaltação própria e o desrespeito pela lei de Deus, que a estigmatizam como estranha a religião da Escritura Sagrada. Seus defensores ensinam que a santificação é obra instantânea, pela qual, mediante a fé apenas, alcançam perfeita santidade. "Crede tão-somente," dizem, "e a bênção será vossa." Nenhum outro esforço, por parte do que recebe, se pressupõe necessário. Ao mesmo tempo negam a autoridade da lei de Deus, insistindo em que estão livres da obrigação de guardar os mandamentos. Mas é possível aos homens ser santos, de acordo com a vontade e caráter de Deus, sem ficar em harmonia com os princípios que são a expressão de Sua natureza e vontade, e que mostram o que Lhe é agradável? RR 8 1 O desejo de uma religião fácil, que não exija esforço, renúncia, nem ruptura com as loucuras do mundo, tem tornado popular a doutrina da fé, e da fé somente; mas que diz a Palavra de Deus? Declara o apóstolo Tiago: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo? Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé." Tiago 2:14, 20-22, 24. RR 8 2 O testemunho da Palavra de Deus é contra esta perigosa doutrina da fé sem as obras. Não é fé pretender o favor do Céu sem cumprir as condições necessárias para que a graça seja concedida: é presunção; pois que a fé genuína se fundamenta nas promessas e disposições das Escrituras. RR 8 3 Ninguém se engane com a crença de que pode tornar-se santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de Deus. Um pecado cometido deliberadamente faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e separa a pessoa de Deus. ... Conquanto João em suas epístolas trate tão amplamente do amor, não hesita, todavia, em revelar o verdadeiro caráter dessa classe de pessoas que pretende ser santificada ao mesmo tempo em que vive a transgredir a lei de Deus. "Aquele que diz: Eu conheço-O e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a Sua Palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado." 1 João 2:4, 5. Esta é a pedra de toque de toda profissão de fé. Não podemos atribuir santidade a qualquer pessoa sem julgá-la pela medida da única norma divina de santidade, no Céu e na Terra. ... E a alegação de estarem sem pecado é em si mesma evidência de que aquele que a alimenta longe está de ser santo. É porque não tem nenhuma concepção verdadeira da infinita pureza e santidade de Deus, ou do que devem ser os que se hão de harmonizar com Seu caráter; é porque não apreendeu o verdadeiro conceito da pureza e suprema beleza moral de Jesus, bem como da malignidade e horror do pecado, que o homem pode considerar-se santo. Quanto maior a distância entre ele e Cristo, e quanto mais impróprias forem suas concepções do caráter e requisitos divinos, tanto mais justo parecerá a seus próprios olhos. Santificação -- Entrega total RR 9 1 A santificação apresentada nas Escrituras compreende o ser inteiro: espírito, alma e corpo. Paulo orou pelos tessalonicenses para que todo o seu espírito, e alma, e corpo fossem "plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". 1 Tessalonicenses 5:23. Outra vez escreve ele aos crentes: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus." Romanos 12:1. No tempo do antigo Israel, toda oferta trazida como sacrifício a Deus era cuidadosamente examinada. Se se descobria qualquer defeito no animal apresentado, era rejeitado; pois Deus ordenara que a oferta fosse "sem mancha". Assim se ordena aos cristãos que apresentem o corpo "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". A fim de fazerem isto, todas as faculdades devem ser conservadas na melhor condição possível. Todo uso ou costume que enfraqueça a força física ou mental, inabilita o homem para o serviço de seu Criador. RR 9 2 E agradar-Se-á Deus com qualquer coisa que seja menos do que o melhor que podemos oferecer? Disse Cristo: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração." Mateus 22:37. Os que amam a Deus de todo o coração, desejarão prestar-Lhe o melhor serviço de sua vida, e estarão constantemente procurando pôr toda faculdade do ser em harmonia com as leis que os tornarão aptos a fazer a Sua vontade. ... Vida transformada RR 9 3 O mundo está entregue à satisfação de si mesmo. "A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida" (1 João 2:16), dominam as massas populares. Os seguidores de Cristo, porém, possuem uma vocação mais elevada. ... RR 9 4 Aos que satisfazem as condições: "Saí do meio deles, e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo", a promessa de Deus é: "Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:17, 18. É privilégio e dever de todo cristão ter uma experiência rica e abundante nas coisas de Deus. ... Os brilhantes raios do Sol da Justiça resplandecem nos servos de Deus, e devem estes refletir os seus raios. Assim como as estrelas nos falam de uma grande luz no céu, com cuja glória refulgem, assim também os cristãos devem tornar manifesto que há no trono do Universo um Deus, cujo caráter é digno de louvor e imitação. As graças de Seu Espírito, a pureza e santidade de Seu caráter, manifestar-se-ão em Suas testemunhas. ... -- O Grande Conflito, 476. Não mais condenado RR 10 1 Posto que a vida do cristão deva ser caracterizada pela humildade, não deve assinalar-se pela tristeza e depreciação de si mesmo. É privilégio de cada um viver de tal maneira que Deus o aprove e abençoe. Não é da vontade de nosso Pai celestial que sempre estejamos sob condenação e trevas. O andar cabisbaixo e com o coração cheio de preocupações não constitui prova de verdadeira humildade. Podemos ir a Jesus e ser purificados, permanecendo diante da lei sem opróbrio e remorsos. "Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito." Romanos 8:1. RR 10 2 Por meio de Jesus os decaídos filhos de Adão se tornam "filhos de Deus". "Assim O que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não Se envergonha de lhes chamar irmãos." Hebreus 2:11. A vida cristã deve ser de fé, vitória e alegria em Deus. "Todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé." 1 João 5:4. Com acerto disse Neemias, servo de Deus: "A alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8:10. E Paulo diz: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos." Filipenses 4:4. "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." 1 Tessalonicenses 5:16-18. RR 10 3 São estes os frutos da conversão e santificação bíblica. ------------------------Capítulo 2 -- Como ser um cristão renascido Fé -- Crer e confiar RR 11 1 Quando Deus perdoa ao pecador, afasta o castigo que ele merece e o trata como se não tivesse pecado, recebe-o no favor divino e o justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de Deus, que Se tornou um sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança. ... RR 11 2 Muitos concordam que Jesus Cristo seja o Salvador do mundo, mas ao mesmo tempo se conservam afastados dEle, e deixam de arrepender-se de seus pecados, e de aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal. Sua fé é apenas o assentimento da mente e do juízo à verdade; mas esta não é introduzida no coração, para santificar a alma e transformar o caráter. ... Posso arrepender-me sem auxílio? RR 11 3 Muitos se acham confundidos quanto ao que constitui os primeiros passos na obra da salvação. O arrependimento é considerado uma obra que o pecador deve realizar por si mesmo, a fim de poder chegar a Cristo. Pensam que o pecador deve por si mesmo conseguir a habilitação para obter a bênção da graça de Deus. Mas, conquanto seja verdade que o arrependimento deve preceder o perdão, pois é unicamente o coração quebrantado e contrito que é aceitável a Deus, o pecador não pode produzir em si o arrependimento, ou preparar-se para ir a Cristo. A menos que o pecador se arrependa, não pode ele ser perdoado; mas a questão que deve ser resolvida é quanto a ser o arrependimento obra do pecador ou dom de Cristo. Tem o pecador de esperar até que esteja tomado de remorsos pelo seu pecado, antes de poder dirigir-se a Cristo? O primeiro passo em direção de Cristo é dado graças à atração do Espírito de Deus; ao atender o homem a esse atrair, vai ter com Cristo a fim de que se arrependa. RR 11 4 O pecador é comparado a uma ovelha perdida, e uma ovelha perdida jamais volta ao redil a menos que seja pelo pastor procurada e restituída ao redil. Homem algum pode de si mesmo arrepender-se, tornando-se digno da bênção da justificação. O Senhor Jesus está constantemente procurando impressionar o espírito do pecador e atraí-lo a fim de que O contemple, como Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Não podemos dar um passo na vida espiritual, a não ser que Jesus atraia e fortaleça a alma, e nos leve a experimentar aquele arrependimento que jamais decepciona. ... RR 11 5 Quando perante os principais sacerdotes e os saduceus, Pedro apresentou claramente o fato de que o arrependimento é dom de Deus. Falando de Cristo, disse ele: "Deus, com a Sua destra, O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados." Atos dos Apóstolos 5:31. O arrependimento, não menos do que o perdão e a justificação, é dom de Deus, e não pode ser experimentado a não ser que seja concedido à pessoa por Cristo. Se somos atraídos a Cristo, é-o por Seu poder e virtude. A graça da contrição vem por meio dEle, e dEle vem a justificação. ... Fé é mais do que palavras RR 12 1 A fé que é para salvação não é uma fé casual, não é a simples aprovação do intelecto, é a crença firmada no coração, que abraça a Cristo como Salvador pessoal, com a certeza de que Ele pode salvar perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Crer que Ele salve a outros, mas não salvará a vós, não é fé genuína; mas quando a alma se apóia em Cristo como a única esperança de salvação, então se manifesta fé genuína. Essa fé leva seu possuidor a colocar em Cristo todas suas afeições; seu entendimento fica sob o controle do Espírito Santo, e seu caráter é moldado segundo a semelhança divina. Sua fé não é uma fé morta, mas sim que opera por amor, que o leva a contemplar a formosura de Cristo, e a tornar-se semelhante ao caráter divino. ... RR 12 2 Toda a obra é do Senhor, do princípio ao fim. Pode dizer o pecador, a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.'. Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na Cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu para minha justificação, agora me salvará. Aceito o perdão que prometeu." Justo, nele RR 12 3 Cristo é um Salvador ressurreto; pois, conquanto estivesse morto, ressuscitou, vivendo sempre para fazer intercessão por nós. Devemos crer com o coração para justiça, e com a boca fazer confissão para salvação. Os que são justificados pela fé, confessarão a Cristo. "Quem ouve a Minha palavra e crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida." João 5:24. A grande obra em favor do pecador, impuro e maculado pelo mal, é a obra da justificação. Por Ele, que fala a verdade, é o pecador declarado justo. O Senhor dá ao crente a justiça de Cristo e perante o Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o representante, substituto e penhor do pecador. Sobre Cristo coloca Ele a iniqüidade de todo o que crê. "Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus." 2 Coríntios 5:21. RR 13 1 Cristo fez reparação da culpa de todo o mundo, e todos os que se chegarem a Deus com fé, receberão a justiça de Cristo, que levou "Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados". 1 Pedro 2:24. Nosso pecado foi expiado, removido, lançado nas profundezas do mar. Mediante arrependimento e fé livramo-nos do pecado, e olhamos para o Senhor, justiça nossa. Jesus sofreu, o Justo pelos injustos. Que é o arrependimento RR 13 2 Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei, Cristo, por Sua obediência prestada à lei, reclama para a pessoa arrependida, o mérito de Sua própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é necessário que o pecador saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical da mente e do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no coração, e manifestar seu poder por meio de todas as faculdades do ser; mas o homem não é capaz de originar um arrependimento como esse, e só o pode experimentar por meio de Cristo, que subiu ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. Quem deve arrepender-se? RR 13 3 Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido? Que deve ele fazer? -- Deve ir ter com Jesus, tal qual está, sem demora. Deve crer que a palavra de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir, para que possa receber. Quando o desejo sincero leva os homens a pedir, eles não orarão em vão. O Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar ao arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. O homem orará e vigiará, e abandonará seus pecados, tornando manifesta sua sinceridade pelo vigor de seu esforço para obedecer aos mandamentos de Deus. Com a oração ele misturará a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas também lhes obedecerá. Ele se manifestará olhando a questão do lado de Cristo. Renunciará a todos os hábitos e associações que tendam a afastar de Deus o coração. RR 13 4 Aquele que deseja tornar-se filho de Deus tem de receber a verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a expiação de Cristo. Certo disto, o pecador tem de fazer um esforço em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas incansáveis recorrer ao trono da graça, para que possa receber o poder renovador de Deus. Cristo não perdoa a ninguém senão ao penitente, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro faz penitente. A providência tomada é completa, e a eterna justiça de Cristo é colocada ao crédito de todo crente. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele poderá dizer: "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça." Isaías 61:10. Maravilhosa graça! RR 14 1 Abundante graça foi provida para que o crente possa manter-se livre do pecado; pois todo o Céu, com seus recursos ilimitados, foi posto à nossa disposição. Devemos servir-nos da fonte da salvação. Cristo é o fim da lei, para justiça a todo aquele que crê. Em nós mesmos somos pecadores; mas em Cristo somos justos. Tendo-nos feito justos, mediante a imputada justiça de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos. Considera-nos Seus filhos amados. Cristo opera contra o poder do pecado, e onde este abundava, muito mais abundante é a graça. Romanos 5:20. "Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus." Romanos 5:1, 2. RR 14 2 "Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus." Romanos 3:24-26. "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus." Efésios 2:8. Apto para ser salvo RR 14 3 O Senhor deseja Seu povo sadio na fé -- não ignorante da grande salvação que tão abundantemente lhes é provida. Não devem olhar ao futuro, pensando que em algum tempo vindouro uma grande obra seja feita em seu favor, pois a obra está agora completa. O crente não é chamado para fazer paz com Deus; isto ele nunca fez nem pode fazer. Deve aceitar a Cristo como sua paz, pois com Cristo está Deus e a paz. Cristo pôs fim ao pecado, levando no próprio corpo sua pesada maldição, para o madeiro, e Ele removeu a maldição de todos aqueles que crêem nEle como Salvador pessoal. Põe Ele fim ao poder dominante do pecado no coração, e a vida e caráter do crente testificam do genuíno caráter da graça de Cristo. RR 14 4 Aos que Lho pedem, comunica Jesus o Espírito Santo; pois é necessário que todo crente seja liberto da poluição, assim como da maldição e condenação da lei. Mediante a obra do Espírito Santo e a santificação da verdade, o crente torna-se habilitado para as cortes celestiais; pois Cristo opera em nós, e Sua justiça sobre nós está. Sem isso, alma alguma terá direito ao Céu. Não desfrutaríamos o Céu a menos que estejamos qualificados para sua atmosfera santa, pela influência do Espírito e da justiça de Cristo. RR 15 1 Para sermos candidatos ao Céu temos de satisfazer aos requisitos da lei: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10:27. Só podemos fazer isto ao nos apegarmos, pela fé, à justiça de Cristo. Contemplando a Jesus receberemos no coração um princípio vivo e que se expande, e o Espírito Santo continua a obra, e o crente prossegue de graça em graça, de força em força, de caráter em caráter. Ele se conforma à imagem de Cristo até que, no crescimento espiritual, alcança a medida da plena estatura de Cristo Jesus. Assim Cristo põe fim à maldição do pecado e livra o crente de sua ação e efeito. Existe alguma coisa entre mim e Deus? RR 15 2 Cristo, tão-somente, é capaz de isso fazer, pois "convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados". Hebreus 2:17, 18. Reconciliação quer dizer que se removeu toda barreira entre a alma e Deus, e que o pecador reconhece o que significa o amor perdoador de Deus. Por motivo do sacrifício feito por Cristo pelos homens caídos, Deus pode com justiça perdoar ao transgressor que aceite os méritos de Cristo. Cristo foi o conduto pelo qual a misericórdia, amor e justiça puderam fluir, do coração de Deus para o coração do pecador. "Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. ... RR 15 3 Toda pessoa pode dizer: "Por Sua obediência perfeita satisfez Ele as reivindicações da lei, e minha única esperança está em olhar para Ele como meu Substituto e Penhor, que obedeceu perfeitamente à lei por mim. Pela fé em Seus méritos estou livre da condenação da lei. Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas a exigências da lei. Sou completo nAquele que introduz a justiça eterna. Ele me apresenta a Deus nas vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido por qualquer instrumento humano. Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra e majestade devem ser dados ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo." RR 15 4 Muitos pensam que devem esperar por um impulso especial a fim de poderem aproximar-se de Cristo; mas só é necessário ir na sinceridade de propósito, decididos a aceitar os oferecimentos de misericórdia e graça que nos foram feitos. Devemos dizer: "Cristo morreu para me salvar. O desejo do Senhor é que eu seja salvo, e irei a Jesus tal qual estou, e sem demora. Agirei confiando na promessa. Ao atrair-me Cristo, atenderei." Diz o apóstolo: "Com o coração se crê para a justiça." Romanos 10:10. Ninguém pode crer com o coração para a justiça, e obter justificação pela fé, enquanto continuar na prática das coisas que a Palavra de Deus proíbe, ou enquanto negligenciar qualquer dever conhecido. Boas obras, frutos da fé RR 16 1 A fé genuína se manifestará em boas obras, pois boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração, e entregar o homem sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida. Todo pecado deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o crente tem de ter uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação. RR 16 2 Os que são justificados pela fé devem ter no coração o desejo de andar nos caminhos do Senhor. É uma prova de não estar o homem justificado pela fé, não corresponderem suas obras a sua profissão. Diz Tiago: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada." Tiago 2:22. RR 16 3 A fé que não produz boas obras não justifica a pessoa. "Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé." Tiago 2:24. "Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." Romanos 4:3. ... Em suas pegadas RR 16 4 Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se negligenciam os órfãos e as viúvas, são vestidos os nus, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o bem, e quando homens a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os passos. A expressão do semblante revela sua experiência, e os homens os conhecem como os que estiveram com Jesus e dEle aprenderam. Cristo e o crente tornam-se um, e Sua formosura de caráter se revela naqueles que se acham vitalmente ligados com a Fonte de poder e amor. Cristo é o grande depositário da justificadora justiça e da graça santificante. RR 16 5 Todos a Ele podem ir e receber Sua plenitude. Diz Ele: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Então, por que não lançar de lado toda a incredulidade e atentar para as palavras de Jesus? Quereis descanso; anelais a paz. Dizei, então, de coração: "Senhor Jesus, eu venho, porque Tu me fizeste este convite." Crede nEle, com fé inabalável, e Ele vos salvará. Tendes olhado para Jesus, que é autor e consumador de vossa fé? Tendes contemplado Aquele que é pleno de verdade e graça? Aceitastes a paz que só Cristo pode dar? Se não, rendei-vos então a Ele, e pela Sua graça buscai um caráter que seja nobre e elevado. Buscai um espírito constante, resoluto, alegre. Alimentai-vos de Cristo, que é o pão da vida, e manifestareis a Sua amabilidade de caráter e espírito. ------------------------Capítulo 3 -- Deus também tem regulamentos Nossa singular responsabilidade RR 17 1 Como supremo Soberano do Universo, Deus ordenou leis para o governo não só de todos os seres vivos, mas de todas as operações da natureza. Todas as coisas, quer grandes quer pequenas, animadas ou inanimadas, acham-se sujeitas a leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Não há exceções a essa regra; pois coisa alguma feita pela mão divina foi esquecida pela mente divina. Mas se bem que tudo na natureza seja governado pela lei natural, o homem, tão-só, como ser inteligente, capaz de compreender seus reclamos, é responsável diante da lei moral. Unicamente ao homem, a coroa de Sua criação, Deus deu uma consciência para reconhecer as sagradas reivindicações da lei divina, e deu-lhe um coração capaz de amá-la como lei santa, justa e boa. É requerida do homem pronta e perfeita obediência. Todavia, Deus não o obriga a obedecer; deixa-o como livre agente moral. RR 17 2 Poucos, apenas, compreendem o assunto da responsabilidade pessoal; e no entanto, é questão da maior importância. Podemos, cada qual, obedecer e viver, ou podemos transgredir a lei de Deus, desafiar-Lhe a autoridade, e receber a punição devida. Vem, pois, a toda pessoa, com força, a questão: Deverei obedecer à voz do Céu, às dez palavras proferidas do Sinai, ou seguirei a multidão que pisa essa lei gravada com fogo? Aos que amam a Deus será o mais alto deleite obedecer a Seus mandamentos, e fazer as coisas que Lhe agradam. Mas o coração natural aborrece a lei de Deus, e guerreia contra suas santas reivindicações. Ao brilhar sobre os homens a luz divina, recusam-se a andar nela. Sacrificam a pureza de coração, o favor de Deus e sua esperança do Céu, pela egoísta satisfação do ganho profano. RR 18 1 Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita." Salmos 19:7. Quão maravilhosa em sua simplicidade, sua amplidão e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve que facilmente podemos decorar cada um de seus preceitos, e todavia tão vasta que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento, não só das ações exteriores, mas dos pensamentos e intentos, dos desejos e emoções do coração. Não podem fazer isso as leis humanas. Só podem tratar das ações exteriores. Pode um homem ser transgressor, e no entanto esconder dos olhos humanos os seus maus atos; pode ele ser criminoso -- ladrão, assassino ou adúltero -- mas enquanto não for descoberto, não o pode a lei condenar como culpado. A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que "Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau". Eclesiastes 12:14. Obediência traz felicidade RR 18 2 A lei de Deus é simples e fácil de se compreender. Há homens que se gabam orgulhosamente de só crer naquilo que compreendem, esquecidos de que há mistérios na vida humana e na manifestação do poder de Deus nas obras da natureza -- mistérios que a mais profunda filosofia, as mais extensas pesquisas, são incapazes de explicar. Mas não existe mistério na lei de Deus. Todos podem compreender as grandes verdades que ela encerra. A mente mais fraca pode aprender essas regras; o mais ignorante pode reger a vida, e formar o caráter, de acordo com a norma divina. Se os filhos dos homens, segundo o melhor de sua habilidade, obedecessem a essa lei adquiririam força mental e poder de discernimento para compreender ainda mais dos propósitos e planos de Deus. E esse progresso seria contínuo, não apenas durante a vida presente, mas através dos séculos eternos; pois, por muito que avancemos no conhecimento da sabedoria e poder de Deus, sempre há um infinito além. RR 19 1 A lei divina requer que amemos a Deus supremamente e ao nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício desse amor, a mais alta profissão de fé é mera hipocrisia. ... RR 19 2 É necessária a obediência à lei, não só para nossa salvação, mas para a felicidade nossa e de todos aqueles com quem nos relacionamos. "Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço" (Salmos 119:165), diz a Palavra inspirada. Todavia homens finitos apresentam ao povo essa lei santa, justa e boa, essa lei da liberdade, que o próprio Criador adaptou às necessidades humanas, como um jugo de servidão, jugo que homem algum é capaz de suportar. É, porém, o pecador que considera a lei como jugo penoso; é o transgressor que não vê beleza em seus preceitos. Pois a mente carnal "não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser". Romanos 8:7. ... Não só o que praticamos RR 19 3 Vivemos numa época de grande impiedade. Multidões se acham escravizadas por costumes pecaminosos e hábitos maus, e os grilhões que os prendem são difíceis de romper. A iniqüidade, qual inundação, cobre a Terra. Crimes quase terríveis demais para serem mencionados, são de ocorrência diária. E todavia homens que professam ser vigias nos muros de Sião nos ensinam que a lei se destinava aos judeus tão-somente, e tornou-se ultrapassada com os gloriosos privilégios que introduziram a dispensação evangélica. Não haverá uma relação entre a dominante ilegalidade e crime, e o fato de que pastores e povo mantêm e ensinam que a lei já não está em vigência? RR 19 4 O poder condenatório da lei de Deus estende-se não só às coisas que praticamos, mas às coisas que deixamos de praticar. Não nos devemos justificar ao omitirmos a prática das coisas que Deus requer. Devemos não só cessar de fazer o mal, mas também aprender a fazer o bem. Concedeu-nos Deus faculdades que devem ser exercitadas em boas obras; e se essas faculdades não forem postas em uso, certamente seremos considerados servos maus e negligentes. Podemos não ter cometido pecados graves; essas ofensas podem não estar registradas contra nós no livro de Deus; mas o fato de que nossos atos não estão registrados como puros, bons, elevados e nobres, demonstrando que não usamos os talentos que nos foram confiados, isso nos coloca sob condenação. RR 19 5 A lei de Deus existiu antes de ter sido criado o homem. Adaptava-se às condições de seres santos; mesmo os anjos eram por ela governados. Depois da queda, não foram alterados os princípios de justiça. Coisa alguma foi tirada da lei; nem um único de seus santos preceitos era susceptível de ser aperfeiçoado. E como existiu desde o princípio, assim continuará a existir através dos séculos eternos. "Acerca dos Teus testemunhos", diz o salmista, "soube, desde a antiguidade, que Tu os fundaste para sempre." Salmos 119:152. ------------------------Capítulo 4 -- Equilíbrio entre fé e obras Testemunho vivo RR 20 1 "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam." Hebreus 11:6. Há no mundo cristão muitos que declaram que tudo que é necessário para a salvação é ter fé; as obras nada são, só a fé é necessária. A Palavra de Deus, porém, nos diz que a fé, se não tiver obras, por si só está morta. RR 20 2 Muitos se recusam a obedecer aos mandamentos de Deus, mas dão grande importância à fé. Mas a fé tem de ter alicerce. As promessas de Deus são todas feitas sob condições. Se cumprirmos a Sua vontade, se andarmos na verdade, poderemos então pedir o que quisermos, e ser-nos-á feito. Enquanto nos empenharmos fervorosamente em ser obedientes, Deus ouvirá nossas petições; mas Ele não nos abençoará na desobediência. Se preferirmos desobedecer aos Seus mandamentos, poderemos clamar: "Fé, fé, apenas ter fé!" e da segura Palavra de Deus virá a resposta: "A fé sem obras é morta." Tiago 2:26. Semelhante fé será como o metal que soa ou o sino que tine. RR 20 3 Para termos os benefícios da graça de Deus, temos de fazer a nossa parte; temos de trabalhar fielmente, e produzir frutos dignos de arrependimento. Somos coobreiros de Deus. Não deveis assentar-vos indolentemente a espera de uma grande ocasião a fim de fazerdes uma grande obra pelo Senhor. Não deveis negligenciar o dever que está justamente no vosso caminho; deveis, sim, aproveitar as pequenas oportunidades que se apresentam em torno de vós. Deveis prosseguir fazendo o melhor que vos seja possível nas pequenas obras da vida, assumindo de coração e com fidelidade a obra que a providência de Deus vos designou. Por pequena que seja, deveis fazê-la com toda a perfeição com a qual faríeis uma obra maior. Vossa fidelidade será aprovada nos registros do Céu. RR 21 1 Não precisais esperar até que vosso caminho seja aplainado a vossa frente; ponde-vos ao trabalho, para aperfeiçoardes os talentos que vos foram confiados. Nada tendes que ver com o que o mundo pense de vós. Sejam vossas palavras, vosso espírito, vossos atos, um vivo testemunho em prol de Jesus, e o Senhor cuidará de que o testemunho para Sua glória, dado por uma vida bem-ordenada e santo trato, se aprofunde e intensifique em poder. Seus resultados podem jamais ser vistos na Terra, mas se tornarão manifestos diante de Deus e dos anjos. Qual é minha parte? RR 21 2 Temos de fazer, de nossa parte, tudo que pudermos para combater o bom combate da fé. Devemos lutar, labutar, empenhar-nos, esforçar-nos desesperadamente por entrar pela porta estreita. Temos de ter sempre o Senhor perante nós. De mãos limpas, coração puro, devemos procurar honrar a Deus em todos os nossos caminhos. Foi-nos provido auxílio nAquele que é poderoso para salvar. O espírito da verdade e da luz nos avivará e renovará por suas misteriosas operações, pois todo o nosso proveito espiritual vem de Deus, não de nós mesmos. O obreiro fiel terá o auxílio do poder divino, mas o ocioso não será sustentado pelo Espírito de Deus. RR 21 3 Em certo sentido somos lançados sobre nossas próprias energias; devemos lutar fervorosamente por ser zelosos e arrepender-nos, limpar as mãos e purificar o coração de toda mancha; devemos alcançar a mais alta norma, crendo que Deus nos ajudará em nossos esforços. Devemos buscar, se quisermos achar, e buscar com fé; temos de bater, para que a porta se abra. A Bíblia nos ensina que tudo que se relaciona com a nossa salvação depende de nosso próprio procedimento. Se perecermos, a responsabilidade repousará inteiramente sobre nós mesmos. Se foi tomada providência, e se aceitamos as condições apresentadas por Deus, podemos apropriar-nos da vida eterna. Temos de ir a Cristo com fé, temos de procurar com diligência confirmar nossa vocação e eleição. Uma fé que nada faz? RR 21 4 O perdão dos pecados é prometido àquele que se arrepende e crê; a coroa da vida será a recompensa daquele que é fiel até o fim. Podemos crescer na graça aperfeiçoando-nos pela graça que já possuímos. Devemos conservar-nos imaculados do mundo, se é que queremos ser achados irrepreensíveis no dia de Deus. Fé e obras vão de mãos dadas, agem harmoniosamente na obra de alcançarmos a vitória. Obras sem fé são mortas, e morta é a fé sem as obras. Obras jamais nos salvarão; são os méritos de Cristo que têm valor. Pela fé nEle, Cristo tornará todos os nossos imperfeitos esforços aceitáveis a Deus. A fé que de nós é requerido possuir não é uma fé de nada fazer; fé salvadora é a que opera por amor, e purifica a alma. Aquele que levantar a Deus mãos santas, sem ira nem contenda, andará inteligentemente no caminho dos mandamentos de Deus. RR 22 1 Se é que queremos ter o perdão de nossos pecados, temos de primeiro entender o que é o pecado, a fim de podermos nos arrepender, e produzir frutos dignos de arrependimento. Temos de ter um sólido alicerce para nossa fé; ela tem de alicerçar-se na Palavra de Deus, e seus resultados se verão na obediência à Sua expressa vontade. Diz o apóstolo que sem santificação "ninguém verá o Senhor". Hebreus 12:14. Bem-equilibrados RR 22 2 A fé e as obras nos conservarão bem-equilibrados, e nos trarão êxito na obra de aperfeiçoar um caráter cristão. Diz Jesus: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 7:21. Falando do alimento temporal, disse o apóstolo: "Porque, quando ainda estávamos convosco, vos mandamos isto: que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também." 2 Tessalonicenses 3:10. A mesma regra aplica-se ao nosso alimento espiritual; se alguém quiser o pão da vida eterna, esforce-se por obtê-lo. RR 22 3 Vivemos num importante e interessante período da história terrestre. Necessitamos de mais fé do que jamais tivemos; precisamos maior firmeza, vinda do alto. Satanás está operando com todo o poder para alcançar vitória sobre nós, pois sabe que lhe resta bem pouco tempo para trabalhar. Paulo operava sua salvação com temor e tremor; e não deveríamos nós temer que, tendo-nos sido deixada uma promessa, qualquer de nós deixe de alcançá-la, demonstrando-se indigno da vida eterna? Devemos vigiar e orar, lutar com desesperado esforço para entrar pela porta estreita. RR 22 4 Não existe desculpa para o pecado, ou para a indolência. Jesus abriu o caminho, e deseja que Lhe sigamos as pegadas. Ele sofreu, Ele sacrificou-Se como nenhum de nós o pode fazer, a fim de pôr ao nosso alcance a salvação. Não precisamos desanimar-nos. Jesus veio ao nosso mundo para trazer ao homem poder divino, a fim de que, por Sua graça, fôssemos transformados em Sua semelhança. O melhor possível e... que mais? RR 22 5 Se está em nosso coração obedecer a Deus, se fazemos esforços nesse sentido, Jesus aceita essa disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência com Seu mérito divino. Ele não aceitará, porém, os que, alegando ter fé nEle, são desleais ao mandamento de Seu Pai. RR 23 1 Ouvimos muito acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos se iludem, vivendo uma religião fácil, acomodatícia, sem cruz. Jesus, porém, diz: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me." Mateus 16:24. -- The Signs of the Times, 16 de Junho de 1890. Como dois remos RR 23 2 Se formos fiéis em fazer a nossa parte, cooperando com Ele, Deus operará por nós [para cumprirmos] Sua vontade. Deus não pode, porém, operar por nós se não fizermos esforço algum. Se quisermos alcançar a vida eterna temos de trabalhar, e trabalhar fervorosamente. ... Não nos iludamos com a afirmação, muito repetida: "Tudo que se tem que fazer é crer." Fé e obras são dois remos que temos que usar igualmente se [quisermos] romper rio acima, contra a corrente da incredulidade. "A fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma." Tiago 2:17. O cristão é homem de pensamento e prática. Sua fé fixa firmemente em Cristo as suas raízes. Pela fé e pelas boas obras conserva ele sua espiritualidade robusta e sadia, e sua força espiritual aumenta à medida que se empenha em fazer as obras de Deus. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1901. Uma mensagem equilibrada RR 23 3 Sejam meus irmãos muito cuidadosos em como apresentam ao povo o assunto da fé e das obras, para que não fiquem confundidos. ... RR 23 4 Que homem algum apresente a idéia de que o homem pouco ou nada tem que fazer na grande obra de vencer; pois Deus nada faz para o homem sem a sua cooperação. Nem digais que, depois de haverdes feito tudo que de vossa parte seja possível, Jesus vos ajudará. Disse Cristo: "Sem Mim nada podereis fazer." João 15:5. De princípio a fim deve o homem ser coobreiro de Deus. A menos que o Espírito Santo opere no coração humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços do homem, somente, são nada mais que nulidade; mas a cooperação com Cristo significa vitória. ... RR 23 5 Não deixeis nunca em vossa mente a impressão de que pouco ou nada haja que fazer da parte do homem; ensinai-o a cooperar com Deus, que assim poderá vencer. RR 23 6 Que ninguém diga que vossas obras nada têm a ver com vossa categoria e posição diante de Deus. No juízo, a sentença pronunciada será de acordo com o que tenha sido feito ou deixado de fazer. Mateus 25:34-40. RR 24 1 Esforço e trabalho são necessários da parte do recebedor da graça de Deus; pois é o fruto o que torna manifesto qual a espécie de árvore. Embora as boas obras, sem a fé em Jesus, não sejam de mais valor do que foi a oferta de Caim, contudo, cobertas com os méritos de Cristo, testificam da dignidade do que as pratica, de herdar a vida eterna. Aquilo que no mundo é considerado moralidade, não alcança a norma divina e não tem mais mérito diante do Céu do que teve a oferta de Caim. -- Mensagens Escolhidas 1:379-382. ------------------------Capítulo 5 -- Salvo unicamente "em Cristo" "Ele me salvará agora" RR 24 2 Pode dizer o pecador a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores.'. Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu." -- Mensagens Escolhidas 1:392. RR 24 3 Aquele que se arrepende de seu pecado e aceita o dom da vida do Filho de Deus, não pode ser vencido. Apoderando-se, pela fé, da natureza divina, torna-se ele um filho de Deus. Ele ora, ele crê. Quando tentado e provado, suplica o poder, pelo qual Cristo morreu para conceder, e vence pela Sua graça. Isso todo pecador deve compreender. Deve arrepender-se de seu pecado, deve crer no poder de Cristo e aceitar esse poder para salvá-lo e guardá-lo do pecado. Quão gratos devêramos ser pelo dom do exemplo de Cristo! -- Mensagens Escolhidas 1:224. Por que preocupar-se? RR 24 4 A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir uma constante, serena confiança. Vossa esperança não está em vós mesmos; está em Cristo. Vossa fraqueza se acha unida à Sua força, vossa ignorância à Sua sabedoria, vossa fragilidade ao Seu eterno poder. ... RR 25 1 Não devemos fazer de nós mesmos o centro, nutrindo ansiedade e temor quanto à nossa salvação. Tudo isto desvia a pessoa da Fonte de nosso poder. Confiai a Deus a preservação de vossa alma, e nEle esperai. Falai e pensai em Jesus. Que o próprio eu se perca nEle. Ponde de parte a dúvida; despedi vossos temores. Dizei com o apóstolo Paulo: "Vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim." Gálatas 2:20. Repousai em Deus. Ele é capaz de guardar aquilo que Lhe confiastes. Se vos abandonardes em Suas mãos, Ele vos tornará mais que vencedores por Aquele que vos amou. -- Caminho a Cristo, 70-72. Pode-se contar com isto RR 25 2 Ele, que pela expiação proveu ao homem um infinito tesouro de força moral, não deixará de empregar esse poder em nosso favor. ... Em todo o poderio satânico não há força para vencer uma única pessoa que se rende confiante a Cristo. -- Parábolas de Jesus, 157. RR 25 3 Abundante graça foi provida para que o crente possa manter-se livre do pecado. -- Mensagens Escolhidas 1:394. RR 25 4 NEle temos uma oferta completa, um infinito sacrifício, um poderoso Salvador, capaz de salvar perfeitamente todos os que por Ele se chegam a Deus. Com amor vem Ele revelar o Pai, para reconciliar com Deus o homem, fazê-lo nova criatura, renovado segundo a imagem dAquele que o criou. -- Mensagens Escolhidas 1:321. Problema de Pedro RR 25 5 O mesmo mal que levou Pedro à queda [negando a Cristo, quando era julgado] ... torna-se hoje a ruína de milhares. Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso para o ser humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança incute, e o mais irremediável. RR 25 6 A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A confiança em si mesmo induziu-o à crença de que estava salvo, e desceu passo a passo o caminho descendente até negar a seu Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós mesmos ou sentir, aquém do Céu, que estamos livres de tentação. Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão salvos.(1) Isto é enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar esperança e fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que Ele nos aceita não estamos fora do alcance da tentação. A Palavra de Deus declara: "Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados." Daniel 12:10. Só aquele que "sofre a tentação... receberá a coroa da vida". Tiago 1:12. RR 26 1 Os que aceitam a Cristo e dizem em sua primeira confiança: "Estou salvo!" estão em perigo de depositar confiança em si mesmos. Perdem de vista a sua fraqueza e necessidade constante do poder divino. Estão desapercebidos para as ciladas de Satanás, e quando tentados, muitos, como Pedro, caem nas profundezas do pecado. Somos advertidos: "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia." 1 Coríntios 10:12. Nossa única segurança está na constante desconfiança de nós mesmos e na confiança em Cristo. -- Parábolas de Jesus, 154, 155. Nunca estar "satisfeito" RR 26 2 Há muitos que professam a Cristo, mas nunca se tornam cristãos amadurecidos. Admitem que o homem caiu, que suas faculdades estão enfraquecidas, que ele está incapacitado para as realizações morais, mas dizem que Cristo arcou com todo o peso, todo o sofrimento, toda a abnegação, e estão dispostos a deixar que Ele isso faça. Dizem eles que não há coisa alguma que devam fazer senão crer; Cristo, porém, disse: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me." Mateus 16:24. Jesus guardou os mandamentos de Deus. ... RR 26 3 Jamais devemos repousar num estado de satisfação, e deixar de fazer progresso, dizendo: "Estou salvo." Se é entretida esta idéia, deixam de existir os motivos para a vigilância, a oração, o esforço sincero em seguir para a frente, rumo de realizações mais elevadas. Nenhuma língua santificada será encontrada pronunciando essas palavras antes que venha Cristo, e entremos pelas portas da cidade de Deus. Então, com a maior propriedade, poderemos dar glória a Deus e ao Cordeiro, pelo livramento eterno. Enquanto o homem estiver carregado de fraquezas -- pois por si mesmo não pode salvar a alma -- não deve nunca atrever-se a dizer: "Estou salvo." RR 26 4 Não é aquele que se reveste da couraça que pode orgulhar-se da vitória, pois tem ele pela frente a batalha, e a vitória a ser alcançada. É o que persevera até ao fim, que será salvo. -- Mensagens Escolhidas 1:313-315. União com Cristo -- Pretensa, ou real? RR 26 5 Há na igreja tanto crentes como descrentes. Cristo apresenta essas duas classes, em Sua parábola da videira e seus ramos. Exorta Ele a Seus seguidores: "Estai em Mim, e Eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer." João 15:4, 5. RR 27 1 Há grande diferença entre uma suposta união e uma união verdadeira com Cristo, pela fé. O professar crer na verdade põe homens na igreja, mas isso não prova que tenham união vital com a Videira verdadeira. É-nos dada uma regra pela qual pode ser distinguido o verdadeiro discípulo, daqueles que alegam seguir a Cristo mas nEle não têm fé. Aqueles produzem fruto; este são infrutíferos. Aqueles são muitas vezes sujeitos à podadeira de Deus, para que possam produzir mais fruto; estes, como ramos murchos, estão para ser cortados da Videira viva. ... RR 27 2 As fibras dos ramos são quase idênticas às da videira. A comunicação da vida, força e frutificação, do tronco para os ramos, é constante e sem obstáculos. A raiz envia seu alimento através dos ramos. Tal é a verdadeira relação do verdadeiro crente para com Cristo. Permanece em Cristo, e dEle obtém sua nutrição. Questão pessoal RR 27 3 Esta relação espiritual só pode ser estabelecida pelo exercício da fé pessoal. Essa fé deve expressar suprema preferência de nossa parte, perfeita confiança, inteira consagração. Nossa vontade tem de estar completamente submetida à vontade divina, nossos sentimentos, desejos, interesses e honra, identificados com a prosperidade do reino de Cristo e a honra de Sua causa, nós constantemente dEle recebendo graça, e Cristo aceitando nossa gratidão. RR 27 4 Formada essa intimidade de relação e comunhão, nossos pecados são postos sobre Cristo e Sua justiça nos é imputada. Ele foi feito pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus. Por Ele temos acesso a Deus; somos aceitos no Amado. ... RR 27 5 Foi quando Cristo estava para Se despedir de Seus discípulos, que Ele lhes deu o lindo emblema de Sua relação com os crentes. Estivera a apresentar-lhes a íntima união com Ele, pela qual podiam manter a vida espiritual quando fosse afastada Sua presença visível. Para impressionar-lhes o espírito, apresentou-lhes a videira como seu símbolo mais notável e apropriado. ... RR 27 6 Todos os seguidores de Cristo têm nesta lição um interesse tão profundo como o tinham os discípulos que ouviam Suas palavras. Na apostasia, os homens alienaram-se de Deus. A separação é vasta e medonha; mas Cristo tomou providência para de novo nos ligar a Ele. O poder do mal acha-se tão identificado com a natureza humana que homem algum pode vencer a não ser pela união com Cristo. Mediante esta união recebemos poder moral e espiritual. Se tivermos o espírito de Cristo, produziremos os frutos de justiça, frutos que hão de honrar e abençoar os homens e glorificar a Deus. RR 28 1 O Pai é o podador da vinha. Hábil e misericordiosamente Ele poda cada um dos ramos que produz fruto. Os que participam dos sofrimentos e vitupérios de Cristo agora, participarão de Sua glória no além. Ele "não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Hebreus 2:11. Seus anjos os servem. No segundo aparecimento Ele virá como o Filho do homem, identificando-Se assim com a humanidade, mesmo em Sua glória. Aos que se Lhe uniram, declara Ele: Ainda que uma mãe possa esquecer-se de seu filho, "Eu, todavia, não Me esquecerei de ti. Eis que, na palma das Minhas mãos, te tenho gravado". Isaías 49:15, 16. Estás continuamente perante Mim. Poda dos ramos RR 28 2 Oh, que maravilhosos privilégios nos são oferecidos! RR 28 3 Empenharemos os mais fervorosos esforços para formar essa aliança com Cristo, mediante a qual, tão-somente, alcançaremos essas bênçãos? Volvendo-nos ao Senhor, desfaremos os nossos pecados e iniqüidades pela justiça? O ceticismo e a incredulidade estão por toda parte. Cristo formulou a pergunta: "Quando... vier o Filho do homem, porventura, achará fé na Terra?" Lucas 18:8. Temos de acariciar uma fé viva, ativa. A permanência de nossa fé é a condição de nossa união. RR 28 4 A união com Cristo pela fé viva é duradoura; qualquer outra união se desfará. Cristo nos escolheu primeiro, pagando por nossa redenção um preço infinito; e o crente verdadeiro escolhe a Cristo como o primeiro e último e melhor em tudo. Mas esta união nos custa algo. É uma união de completa dependência, efetuada por um ser orgulhoso. Todos os que formam esta união têm de sentir sua necessidade do sangue expiador de Cristo. Têm de ter uma mudança de coração. Têm de submeter sua vontade à vontade de Deus. Haverá uma luta com obstáculos externos e internos. Tem de haver uma dolorosa obra de desligamento, assim como uma obra de ligamento. Orgulho, egoísmo, vaidade, amor do mundo -- o pecado em todas as suas formas -- têm de ser vencidos, se é que queremos entrar em união com Cristo. A razão de acharem muitos a vida cristã tão deploravelmente árdua, de serem tão inconstantes, tão volúveis, está em procurarem apegar-se a Cristo sem primeiro desligar-se desses ídolos acariciados. RR 28 5 Uma vez formada a união com Cristo, só pode ser preservada mediante fervorosa oração e esforço incansável. Temos de resistir, temos de negar-nos, temos de vencer o próprio eu. Pela graça de Cristo, pelo ânimo, pela fé, pela vigilância, podemos alcançar a vitória. -- Testimonies for the Church 5:228-231. ------------------------Capítulo 6 -- Cuidado com as imitações Eis o teste RR 29 1 "À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta Palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:20. O povo de Deus é encaminhado às Santas Escrituras como a salvaguarda contra a influência dos falsos ensinadores e poder ilusório dos espíritos das trevas. Satanás emprega todo artifício possível para impedir os homens de obter conhecimento da Bíblia; pois os claros ensinos desta põem a descoberto os seus enganos. Em todo avivamento da obra de Deus o príncipe do mal está desperto para atividade mais intensa; aplica atualmente todos os seus esforços em preparar-se para a luta final contra Cristo e Seus seguidores. O último grande engano deve logo patentear-se diante de nós. O anticristo vai operar suas obras maravilhosas à nossa vista. Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro, que será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas. Pelo testemunho destas toda declaração e todo prodígio deverão ser provados. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 593. Não bastam milagres? RR 29 2 O homem que torna a operação de milagres a prova de sua fé verificará que Satanás pode, por meio de uma variedade de enganos, efetuar prodígios que parecerão genuínos milagres. -- Mensagens Escolhidas 2:52. RR 29 3 Satanás é um astuto obreiro, e introduzirá falsidades sutis para obscurecer e confundir a mente e extirpar as doutrinas da salvação. Os que não aceitam a Palavra de Deus tal qual reza, serão apanhados em sua armadilha. -- Mensagens Escolhidas 2:52. RR 29 4 Os anjos maus estão em nossos calcanhares a cada momento. ... Eles ocupam novo território, e operam maravilhas e milagres a nossa vista. ... RR 30 1 Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de Deus. Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? Não serão muitas pessoas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, o espírito de muitos se está preparando para receber esses milagres de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo apoiado pela oração e aplicado praticamente, será nossa proteção contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo. -- Testemunhos Selectos 1:100. As curas podem provir de Satanás RR 30 2 Acho-me instruída a dizer que no futuro será necessária grande vigilância. Importa que não haja nenhuma ignorância espiritual entre o povo de Deus. Espíritos maus acham-se ativamente empenhados em buscar controlar a mente de seres humanos. Os homens estão-se atando em molhos, prontos a serem consumidos no fogo dos últimos dias. Os que rejeitam a Cristo e Sua justiça aceitarão o engano que está inundando o mundo. Os cristãos devem ser sóbrios e vigilantes, resistindo com firmeza ao adversário, o diabo, que anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Homens, sob a influência de espíritos maus operarão milagres. ... RR 30 3 Não precisamos ser enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas obras de cura aparente levarão os adventistas do sétimo dia à prova. Muitos que tiveram grande luz deixarão de andar na luz, porque não se tornaram um com Cristo. -- Mensagens Escolhidas 2:53. RR 30 4 Se aqueles por quem são realizadas curas, acham-se dispostos, por causa dessas manifestações, a desculpar sua negligência da lei de Deus, e continuam em desobediência, embora tenham à disposição poder ilimitado, não se segue que possuam o grande poder de Deus. Ao contrário, é o poder operador de milagres do grande enganador. Ele é transgressor da lei moral, e emprega todo ardil que possa usar para cegar os homens a seu verdadeiro caráter. Somos advertidos de que nos últimos dias ele trabalhará com sinais e prodígios de mentira. E continuará esses prodígios até ao fim da graça para que os indique como prova de que ele é um anjo de luz e não de trevas. -- Mensagens Escolhidas 2:50, 51. Falsas "línguas" identificadas em 1864 RR 31 1 O espírito de fanatismo tem dominado certa classe de observadores do sábado ali [no Leste dos Estados Unidos]; eles não têm bebido senão levemente da fonte da verdade, e não estão familiarizados com o espírito da mensagem do terceiro anjo. ... RR 31 2 Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam dons, e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm uma linguagem confusa sem sentido a que chamam língua desconhecida, desconhecida não só ao homem, mas ao Senhor e a todo o Céu. Tais dons são manufaturados por homens e mulheres ajudados pelo grande enganador. O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos, têm sido considerados dons postos na igreja de Deus. Alguns têm sido iludidos a esse respeito. ... RR 31 3 O fanatismo e o ruído têm sido considerados indícios especiais de fé. Algumas pessoas não se satisfazem com uma reunião, a menos que experimentem momentos de poder e de alegria. Esforçam-se por isso, e chegam a uma confusão dos sentimentos. RR 31 4 A influência dessas reuniões, porém, não é benéfica. Ao passar o auge do sentimento, essas pessoas imergem mais fundo que antes da reunião, pois sua satisfação não proveio da devida fonte. As mais proveitosas reuniões para o bem espiritual, são as que se caracterizam pela solenidade e o profundo exame do coração, cada um procurando conhecer-se a si mesmo e, com sinceridade e profunda humildade, buscando aprender de Cristo. ... RR 31 5 Há estrelas errantes que professam ser ministros enviados por Deus, os quais andam pregando o sábado de lugar em lugar, mas que têm a verdade misturada com o erro, e estão lançando ao povo a massa de seus discordantes pontos de vista. Satanás os empurrou para dentro a fim de causar desagrado aos inteligentes e sensatos que não são membros. Alguns desses têm muito a dizer sobre os dons, e são muitas vezes especialmente agitados. Entregam-se a sentimentos desordenados e produzem sons ininteligíveis, a que chamam o dom de línguas, e certa classe parece encantada com essas estranhas manifestações. Reina entre essa classe um espírito estranho, que subjuga e passa por cima de quem quer que os reprove. O Espírito de Deus não está nessa obra e não acompanha a tais obreiros. Eles têm outro espírito. -- Testemunhos Selectos 1:161, 163. RR 31 6 O mundo não será convertido pelo dom de línguas, ou pela operação de milagres, mas pela pregação de Cristo crucificado. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 424. Tambores, danças e ruídos RR 32 1 As coisas que descrevestes, ocorridas em Indiana(2), o Senhor revelou-me que haviam de acontecer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado operação do Espírito Santo. RR 32 2 O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. ... Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das agências satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado operação do Espírito Santo. ... Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o que sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos. Corpos fora de controle RR 32 3 Nenhuma animação deve ser dada a tal espécie de culto. A mesma espécie de influência se introduziu depois da passagem do tempo em 1844. Fizeram-se as mesmas espécies de representações. Os homens ficaram agitados, e eram trabalhados por um poder que pensavam ser o poder de Deus. Viravam e reviravam o corpo, como se fosse uma roda de carro, afirmando que não seriam capazes de fazer isso a não ser por poder sobrenatural. Havia a crença de que os mortos haviam ressuscitado e tinham ascendido ao Céu. O Senhor deu-me uma mensagem para esse fanatismo, pois estavam sendo eclipsados os belos princípios da verdade bíblica. Nudez RR 32 4 Homens e mulheres, que supunham ser guiados pelo Espírito Santo, realizavam reuniões em estado de nudez. Falavam acerca de carne santa. Diziam estar para além do poder da tentação, e cantavam, e gritavam, e faziam toda sorte de demonstrações ruidosas. Esses homens e mulheres não eram maus, mas estavam enganados e iludidos. ... Satanás estava moldando a obra, e sensualidade era o resultado. A causa de Deus foi desonrada. A verdade, a sagrada verdade, era nivelada ao pó, por agentes humanos. RR 32 5 As autoridades da terra intervieram, e vários dos chefes foram metidos no cárcere. Os que foram assim confinados na prisão chamaram a isso perseguição por amor da verdade, e assim a verdade foi envolta em vestes manchadas pela carne. ... Apresentei a reprovação do Senhor acerca dessa espécie de trabalho, mostrando que sua influência tornava a verdade objetável e aborrecível à comunidade. ... RR 33 1 Apresentei meu testemunho, declarando que esses movimentos fanáticos, essa algazarra e ruído, eram inspirados pelo espírito de Satanás, que operava milagres para enganar se possível os próprios eleitos. -- Carta 132, 1900. Confusão RR 33 2 Precisamos estar em guarda, manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás. O Senhor deseja manter em Seu serviço ordem e disciplina, não agitação e confusão. -- Mensagens Escolhidas 2:35. RR 33 3 Gritos e cerimoniais confusos e clamorosos não são prova de que o Espírito de Deus esteja operando. -- The Review and Herald, 5 de Março de 1889. Ordem, ou impressões e sentimentos RR 33 4 Há muitos espíritos desassossegados que não se submeterão à disciplina, ao sistema e à ordem. Julgam que sua liberdade seria restringida, caso tivessem de pôr de parte o juízo próprio e submeterem-se ao das pessoas de mais experiência. Não haverá progresso na obra de Deus, a menos que haja disposição para se submeterem à ordem, e expelirem de suas reuniões o espírito negligente e desordenado de fanatismo. RR 33 5 As impressões e os sentimentos não são provas seguras de que uma pessoa esteja sendo dirigida pelo Senhor. Se não estivermos apercebidos, Satanás dará sentimentos e impressões. Estes não são guias seguros. Todos se devem familiarizar plenamente com as provas de nossa fé, e a grande preocupação deve ser adornarem sua profissão de fé, e produzirem frutos para glória de Deus. -- Testemunhos Selectos 1:162. Escravos de Satanás RR 33 6 Por todo lado, busca Satanás seduzir os jovens para o caminho da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés para esse caminho, estimula-os avante em sua carreira descendente, levando-os de uma a outra dissipação, até que suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus. Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituados ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do ópio, e vão de um a outro estágio de desonra. São escravos do apetite. O conselho que uma vez respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude orgulhosa, e gabam-se de liberdade quando se acham servos da corrupção, do apetite e da licenciosidade. -- Temperança, 274. "Inspirados" pelas drogas RR 34 1 Por algum tempo ele [um paciente do Sanatório de Battle Creek] pensara que estivesse recebendo nova iluminação. Estava muito doente, devendo morrer em breve. ... Aqueles a quem ele apresentava seus pontos de vista escutavam-nos ansiosamente, e alguns o consideravam inspirado. ... Para muitos seu raciocínio parecia perfeito. Falavam de sua poderosa exortação em seu quarto de doente. As mais maravilhosas cenas passavam diante dele. Mas qual era a fonte de sua inspiração? Era a morfina(3) a ele dada para aliviar-lhe a dor. -- Mensagens Escolhidas 2:113. Panteísmo, espiritismo e amor livre RR 34 2 A teoria que Deus é uma essência que penetra toda a natureza, é um dos mais sutis artifícios de Satanás. Representa falsamente a Deus e é uma desonra para Sua grandeza e majestade. As teorias panteístas não são sustentadas pela Palavra de Deus. ... Satisfazem o coração natural, e favorecem a inclinação. -- Testemunhos Selectos 3:269. RR 34 3 A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a natureza é aceita por muitos que professam crer nas Escrituras; mas, se bem que revestida de belas roupagens, essa teoria é perigosíssimo engano. Ela representa falsamente a Deus, sendo uma desonra para Sua grandeza e majestade. E tende por certo não somente a extraviar como a rebaixar os homens. As trevas são o seu elemento, a sensualidade a sua esfera. ... Seguidas até sua conclusão lógica, essas teorias assolam toda a dispensação cristã. Removem a necessidade da expiação, tornando o homem seu próprio salvador. -- A Ciência do Bom Viver, 428. RR 34 4 Vi as conseqüências desses fantasiosos pontos de vista acerca de Deus, na apostasia, espiritualismo e amor livre. A tendência para o amor livre, que esses ensinos encerram, estava tão disfarçada que a princípio era difícil tornar claro o seu verdadeiro caráter. Até que o Senhor mo apresentou, eu não sabia como denominá-lo, mas fui instruída a chamá-lo amor espiritual não santificado. -- Testemunhos Selectos 3:270. RR 34 5 Como nos dias dos apóstolos os homens procuravam destruir a fé nas Escrituras pelas tradições e filosofias, assim hoje, pelos aprazíveis pensamentos da "alta crítica", evolução, espiritismo, teosofia e panteísmo, o inimigo da justiça está procurando levar as pessoas para caminhos proibidos. ... Pelo espiritismo, multidões são ensinadas a crer que o desejo é a mais alta lei, que licenciosidade é liberdade, e que o homem deve prestar contas apenas a si mesmo. -- Atos dos Apóstolos, 474. Procedimento estranho RR 35 1 A santificação não é uma feliz revoada de sentimento, não é obra de um instante, mas obra de toda uma vida. Se alguém afirma que o Senhor o santificou, e o tornou santo, a prova de sua pretensão a essa bênção se verá nos frutos de mansidão, paciência, longanimidade, veracidade e amor. RR 35 2 Se a bênção que receberam os que alegam ser santificados, os leva a confiar em alguma emoção, e declaram não haver necessidade de examinar as Escrituras para saberem a revelada vontade de Deus, então a suposta bênção é falsa, pois leva seu possuidor a dar valor a suas próprias emoções e fantasias não santificadas, e fechar ouvidos à voz de Deus em Sua Palavra. ... RR 35 3 A agitação nervosa em questões religiosas não é prova de que o Espírito de Deus esteja operando no coração. Lemos acerca de frenéticas contorções do corpo, de gritos e guinchos, na obra de Satanás sobre a mente e o corpo de homens; mas a Palavra de Deus não nos oferece exemplo de quaisquer dessas manifestações em relação com aqueles sobre os quais Ele derrama Seu Espírito. É claro que fantasias irritantes, gritos confusos e contorções do corpo são operação do inimigo. RR 35 4 Todavia muitos pensam que a desordem mental, que é intensificada pelo poder de Satanás, seja garantia de que Deus esteja levando essas pessoas iludidas a agir de maneira tão inconveniente. Todo espírito e tom da Bíblia condena os homens que procedem sem razão ou inteligência. Quando o Espírito de Deus opera no coração, leva o fiel e obediente filho de Deus a agir de modo que recomende a religião ao bom juízo de homens e mulheres sensatos. -- The Signs of the Times, 28 de Fevereiro de 1895. Pretensão RR 35 5 Disse Cristo: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." Mateus 7:21-23. RR 35 6 Estes podem professar ser seguidores de Cristo, mas perderam de vista seu Líder. Poderão dizer: "Senhor, Senhor!" indicando os doentes curados por seu intermédio e outras obras maravilhosas, afirmando que possuem mais do Espírito e poder de Deus do que manifestam os que guardam a Sua lei. Mas suas obras são feitas sob supervisão do inimigo da justiça, cujo alvo é iludir as pessoas, e destinam-se a afastar da obediência, da verdade e do dever. RR 36 1 No futuro próximo haverá manifestações mais assinaladas desse poder operador de milagres; pois dele é dito: "E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à Terra, à vista dos homens." Apocalipse 13:13. RR 36 2 Surpreendemo-nos ao ver tantos dispostos a aceitar essas grandes pretensões como genuína obra do Espírito de Deus; mas os que atentam meramente às obras maravilhosas, e são guiados pelo impulso e pelas impressões, serão iludidos. ... Pretensão a santidade RR 36 3 Ninguém que alegue santidade é de fato santo. Os que se acham registrados como santos nos livros do Céu não estão apercebidos do fato, e são os últimos a gabar-se de sua bondade. Nenhum dos profetas e apóstolos alguma vez professou santidade, nem mesmo Daniel, Paulo ou João. Os justos nunca fazem semelhante alegação. RR 36 4 Quanto mais de perto se assemelham a Cristo, tanto mais lamentam sua dessemelhança dEle, pois têm consciência sensível, e consideram o pecado mais como Deus o considera. Têm exaltados pontos de vista acerca de Deus e do grande plano de salvação; e seu coração, humilhado por uma intuição de sua própria indignidade, está apercebido da honra de serem considerados membros da família real, filhos e filhas do Rei eterno. RR 36 5 Os que amam a lei de Deus não podem se harmonizar, no culto ou no espírito, com os deliberados transgressores da lei que se enchem de amargura e maldade quando são ensinadas as verdades claramente reveladas da Bíblia. Temos um detector que distingue entre o verdadeiro e o falso. "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1885. Em quem posso confiar? RR 36 6 Necessitamos estar ancorados em Cristo, arraigados e fundados na fé. Satanás opera mediante agentes. Escolhe aqueles que não têm estado a beber das águas vivas, cuja alma está sedenta de novidades e coisas estranhas, e que estão sempre prontos a beber de qualquer fonte que se apresente. Ouvir-se-ão vozes dizendo: "Eis que o Cristo está aqui", ou "Eis que está ali"; não os devemos crer, porém. Temos inequívocas evidências da voz do Pastor Verdadeiro, e Ele está nos chamando a segui-Lo. Ele diz: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." João 15:10. Conduz Suas ovelhas em humilde obediência à lei de Deus, mas nunca as anima na transgressão dessa lei. RR 37 1 "A voz dos estranhos" (João 10:5) é a voz de alguém que nem respeita nem obedece à santa, justa e boa lei de Deus. Muitos têm grandes pretensões à santidade, e gabam-se das maravilhas que operam curando os doentes, quando não consideram essa grande norma de justiça. Mas pelo poder de quem são essas curas efetuadas? Acham-se os olhos de ambas as partes abertos a suas transgressões da lei? e tomam eles sua posição como filhos humildes, obedientes, prontos a obedecer a todas as reivindicações de Deus? ... RR 37 2 Ninguém precisa ser enganado. A lei de Deus é tão sagrada como o Seu trono, e por ela será julgado todo homem que vem ao mundo. Não há outra norma pela qual provar o caráter. "Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:20. Ora, será o caso resolvido segundo a Palavra de Deus, ou hão de as pretensões dos homens receber crédito? Cristo diz: "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. -- Mensagens Escolhidas 2:50. ------------------------Capítulo 7 -- É ainda uma luta Resultados do pecado RR 37 3 Necessitamos entender mais claramente o que está em jogo no grande conflito em que nos achamos empenhados. Precisamos compreender com mais plenitude o valor das verdades da Palavra de Deus, e o perigo de permitir que nosso espírito seja delas desviado pelo grande enganador. RR 37 4 O infinito valor do sacrifício requerido para nossa redenção revela que o pecado é um tremendo mal. Pelo pecado, perturba-se todo o organismo humano, a mente é pervertida, corrompida a imaginação. O pecado tem degradado as faculdades da alma. As tentações exteriores encontram eco no coração, e os pés se volvem imperceptivelmente para o mal. RR 37 5 Como foi completo o sacrifício feito em nosso favor, assim deve ser a nossa restauração da desonra do pecado. Nenhum ato de impiedade será desculpado pela lei de Deus; injustiça alguma lhe pode escapar à condenação. A ética evangélica não reconhece nenhuma norma senão a perfeição do caráter divino. ... É preciso perseverança RR 38 1 Não se podem endireitar os erros, nem operar reformas na conduta mediante alguns fracos e intermitentes esforços. A formação do caráter não é obra de um dia, nem de um ano, mas de uma existência. A luta pela conquista do eu, pela santidade e o Céu, é uma luta que se prolonga por toda vida. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver progresso nem ganho da coroa da vitória. RR 38 2 A mais vigorosa prova da queda do homem de uma condição mais elevada é o quanto lhe custa retroceder. O caminho de volta só pode ser conquistado por meio de luta cruel, momento a momento. A qualquer tempo, por uma ação precipitada, desprecavida, podemos lançar-nos sob o poder do mal; requer, porém, mais que um momento o quebrar as cadeias e atingir a uma vida mais santa. Pode-se formar o desígnio, começar a obra; sua realização, porém, requererá fadiga, tempo, perseverança, paciência e sacrifício. RR 38 3 Não podemos permitir o agir por impulso. Não podemos estar despercebidos nem por um momento. Assaltados por inúmeras tentações, devemos resistir firmes, ou seremos vencidos. Se chegássemos ao fim da vida com nossa obra por fazer, isso importaria em perda eterna. RR 38 4 A vida do apóstolo Paulo foi um constante conflito com o próprio eu. Ele disse: "Cada dia morro." 1 Coríntios 15:31. Sua vontade e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação, ele fazia a vontade de Deus embora crucificando a própria natureza. RR 38 5 Ao fim de sua vida de conflito, olhando para trás, às lutas e triunfos da mesma, pôde dizer: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia." 2 Timóteo 4:7, 8. RR 38 6 A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Nesta guerra não há trégua; o esforço deve ser contínuo e perseverante. É assim fazendo que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. A integridade cristã deve ser buscada com irresistível energia, e mantida com resoluta rigidez de propósito. RR 38 7 Ninguém será levado para o alto sem árduo e perseverante esforço em prol de si mesmo. Todos têm de se empenhar por si nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates. ... Uma ciência RR 39 1 Há uma ciência do cristianismo a ser dominada -- ciência tão mais profunda, vasta e alta que qualquer ciência humana, como os céus são mais elevados do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois nos cumpre fazer o serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com nossa inclinação inata. As tendências hereditárias e cultivadas para o mal devem ser vencidas. Muitas vezes, a educação e as práticas de toda uma existência devem ser rejeitadas para que a pessoa se possa tornar aprendiz na escola de Cristo. Nosso coração deve ser educado em se firmar em Deus. Cumpre-nos formar hábitos de pensamento que nos habilitem a resistir à tentação. Devemos aprender a olhar para cima. Os princípios da Palavra de Deus -- princípios tão elevados como o Céu e que abrangem a eternidade -- cumpre-nos compreendê-los em sua relação para com a nossa vida diária. Cada ato, cada palavra, cada pensamento deve estar de acordo com esses princípios. Tudo deve ser posto em harmonia com Cristo, e a Ele sujeito. RR 39 2 As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Ânimo, fortaleza, mansidão, fé e inabalável confiança no poder de Deus para salvar são adquiridos mediante a experiência de anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego ao direito, devem os filhos de Deus selar seu destino. Não há tempo a perder RR 39 3 Não temos tempo a perder. Não sabemos quão rápido nosso tempo de graça pode se encerrar. Quando muito, não teremos senão o curto espaço de uma existência aqui, e não sabemos quão breve a seta da morte pode nos ferir o coração. Não sabemos quão pronto seremos chamados a abandonar o mundo e todos os seus interesses. Estende-se diante de nós a eternidade. A cortina está a ponto de se erguer. Uns poucos anos apenas, e para todos os que ora são contados entre os vivos, sairá o decreto: RR 39 4 "Quem é injusto faça injustiça ainda; ... e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apocalipse 22:11. RR 39 5 Estamos nós preparados? Conhecemos a Deus, o Governador do Céu, o Legislador, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou ao mundo como Seu representante? Quando a obra de nossa vida terminar, estaremos aptos a dizer, como Cristo, nosso exemplo: RR 39 6 "Eu glorifiquei-Te na Terra, tendo consumado a obra que Me deste a fazer. Manifestei o Teu nome"? João 17:4, 6. RR 40 1 Os anjos de Deus nos estão procurando atrair de nós mesmos e das coisas terrenas. Não os façais trabalhar em vão. RR 40 2 As mentes que têm liberado as rédeas do pensamento precisam mudar. "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo, como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." 1 Pedro 1:13-16. RR 40 3 Os pensamentos devem se concentrar em Deus. Devemos exercer diligente esforço para vencer as más tendências do coração natural. Nossos esforços, nossa abnegação e perseverança devem ser proporcionais ao infinito valor do objetivo que perseguimos. Unicamente vencendo como Cristo venceu, havemos de alcançar a coroa da vida. A necessidade de constante confiança RR 40 4 O maior perigo do homem está em se enganar si mesmo, em condescender com a presunção, separando-se assim de Deus, a fonte de sua força. A menos que sejam corrigidas pelo Santo Espírito de Deus, nossas tendências naturais encerram em si mesmas os germes da morte. A menos que nos ponhamos em uma ligação vital com Deus, não podemos resistir aos profanos efeitos da satisfação própria, do amor de nós mesmos e da tentação para pecar. RR 40 5 Para que possamos receber auxílio de Cristo, devemos compreender nossa necessidade. Cumpre-nos conhecer-nos verdadeiramente. Unicamente ao que se reconhece pecador, pode Cristo salvar. Só quando vemos nosso inteiro desamparo e renunciamos a toda confiança própria, lançaremos mão do poder divino. RR 40 6 Não é apenas no início da vida cristã que se deve fazer essa renúncia. A cada passo de avanço em direção ao Céu, deve ela ser renovada. Todas as nossas boas obras são dependentes de um poder fora de nós; deve haver, portanto, um constante anelo do coração para Deus, uma contínua e fervorosa confissão de pecado, e humilhação da alma perante Ele. Cercam-nos perigos; e só estamos a salvo quando sentimos nossa fraqueza, e nos apegamos com a segurança da fé ao nosso poderoso Libertador. A verdade RR 40 7 Devemos desviar-nos de mil assuntos que nos atraem a atenção. Há assuntos que nos consomem tempo e suscitam indagações, mas acabam em nada. Os mais elevados interesses exigem dedicada atenção e energia que são tantas vezes dispensadas a coisas relativamente insignificantes. RR 41 1 O aceitar teorias novas não traz em si nova vida. Mesmo o relacionar-se com fatos e teorias importantes em si mesmos é de pouco valor a não ser que sejam postos em uso prático. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar à própria vida alimento que a nutra e incentive espiritualmente. ... RR 41 2 A questão que devemos estudar é: "Qual é a verdade -- a verdade que deve ser acariciada, amada, honrada e obedecida?" Os adeptos da ciência têm ficado derrotados e abatidos quanto a seus esforços para encontrar a Deus. O que eles devem perguntar nestes dias é: "Qual é a verdade que nos habilitará a obter a salvação de nossa vida?" Possuo eu a resposta? RR 41 3 "Que pensais vós de Cristo?" -- eis a toda-importante questão. Vós O recebeis como um Salvador pessoal? A todos quantos O recebem, dá Ele poder de se tornarem filhos de Deus. RR 41 4 Cristo revelou Deus a Seus discípulos de modo que lhes operou no coração uma obra especial, tal qual Ele deseja realizar em nosso coração. Muitos há que, detendo-se demasiadamente na teoria, têm perdido de vista o poder vivo do exemplo do Salvador. Deixaram de vê-Lo como o humilde e abnegado obreiro. O que eles necessitam é contemplar a Jesus. Necessitamos diariamente uma nova revelação de Sua presença. Cumpre-nos seguir-Lhe mais de perto o exemplo de renúncia e sacrifício. RR 41 5 Carecemos da experiência possuída por Paulo ao escrever: "Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim." Gálatas 2:20. RR 41 6 O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo expresso no caráter é uma exaltação superior a tudo mais que se estime na Terra e no Céu. É a suprema educação. É a chave que abre as portas da cidade celestial. Deus designa que todos quantos se revestem de Cristo possuam esse conhecimento. -- A Ciência do Bom Viver, 451-457. ------------------------Reavivamento Verdadeiro RV 7 1 Prefácio RV 9 1 Capítulo 1 — Apelo em favor de um reavivamento RV 15 1 Capítulo 2 — Conversões: falsas ou verdadeiras RV 24 1 Capítulo 3 — Como ser um cristão nascido de novo RV 31 1 Capítulo 4 — Deus também tem regras RV 34 1 Capítulo 5 — O equilíbrio entre fé e obras RV 38 1 Capítulo 6 — Salvo unicamente "em Cristo" RV 43 1 Capítulo 7 — Cuidado com as falsificações RV 51 1 Capítulo 8 — A luta continua RV 55 1 Capítulo 9 — Confirmando a nova experiência RV 66 1 Capítulo 10 — Apelos especiais no ministério público ------------------------Prefácio RV 7 1 Qual o motivo para a existência desta compilação sobre o reavivamento e seus resultados? Muitas pessoas atualmente estão buscando algo mais profundo do que simplesmente frequentar a igreja e ter uma vida cristã rotineira. O que essas pessoas mais desejam é uma genuína experiência com Cristo, individualmente e também em relação à igreja como um todo. RV 7 2 Nas páginas seguintes, você vai encontrar Ellen G. White expressando suas expectativas, apontando o caminho para essa experiência mais profunda e advertindo a respeito de algumas armadilhas colocadas ao longo do trajeto. Ela mostra que Deus está apelando aqueles que se dizem seguidores de Jesus Cristo para que renunciem aos caminhos do mundo e reconsagrem sua vida a Deus. Agora é o tempo para conduzir um genuíno reavivamento e uma profunda reforma na igreja de Deus. Há uma obra a ser realizada e o mundo deve ser advertido a respeito do fim que está tão próximo. RV 7 3 Isso somente pode acontecer pelo poder do Espírito de Deus, e esse poder é concedido aos que professam fazer parte do povo de Deus sob a única condição de que demonstrem pela experiência a realidade de seu arrependimento e reforma. Ellen G. White escreveu: "O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos". O Grande Conflito, 464. Mas faz parte da responsabilidade de Seus filhos buscar esse dom. De acordo com Ellen White, "a descida do Espírito Santo sobre a igreja é olhada como estando no futuro; é, porém, o privilégio da igreja tê-la agora. Devemos ir ao seu encontro, orar por ela, crer nela. Precisamos tê-la, e o Céu espera para concedê-la". -- Evangelismo, 701. RV 7 4 Ser nascido de novo, justificado, convertido -- esse é o começo. E o crescimento em Cristo? E a experiência que deve durar o restante de nossa vida, a qual é chamada de santificação? Os cristãos verdadeiramente nascidos de novo não apenas falam de Cristo, mas através de sua vida testificam, de fato, que são seguidores de Jesus Cristo. O reavivamento depende do novo nascimento, e a reforma é o resultado de uma vida de obediência pelo poder do Espírito Santo, que "o Céu espera para nos conceder". RV 7 5 A vida cheia do Espírito resulta não apenas em vitória pessoal sobre o pecado, mas também em um renovado desejo e especial habilidade para partilhar a vida cristã e a esperança com outras pessoas. Revestidos do poder do Espírito Santo, os fiéis saem para proclamar a última mensagem que deve preparar um povo para o retorno do Senhor. Satanás fará tudo que estiver ao seu alcance para frear esse processo. Ele vai tentar nos convencer de que existem atalhos, outras formas de desenvolver o relacionamento com Deus que garante uma vida cristã frutífera. Ele vai apresentar imitações do poder do Espírito, que parecerão tão reais, a ponto de conseguir enganar os que não mantêm uma relação profunda e viva com Deus, fundamentada na Bíblia. Este livro serve, entre outras coisas, para ajudar os leitores a distinguir entre a verdade e o engano. RV 8 1 Mesmo tendo completado mais de 100 anos desde que foi lançado, o livro Caminho a Cristo continua entre os mais vendidos. Jovens e adultos são alcançados pelo seu chamado a um compromisso com Cristo. Agora surge esta compilação com o objetivo de complementar a instrução para que haja o genuíno reavivamento e a esperada reforma. Ela também combina com a mensagem daquele pequeno livro, O Reavivamento e Seus Resultados, que na década de 1970 serviu para popularizar alguns capítulos de Mensagens Escolhidas, v. 1. RV 8 2 Nestes momentos finais da história do pecado, é certo que o Espírito Santo está pronto para nos conceder o poder necessário para concluirmos a obra em favor dos outros e também de nós mesmos. Será você uma daquelas pessoas através de quem Deus atuará de maneira maravilhosa? Que este livro o ajude a experimentar o reavivamento e a tão necessária reforma, capaz de nos preparar para a chuva serôdia e o breve retorno de nosso Senhor. Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Apelo em favor de um reavivamento RV 9 1 A maior necessidade da igreja -- Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação. Importa haver diligente esforço para obter a bênção do Senhor, não porque Deus não esteja disposto a outorgá-la, mas porque nos encontramos carecidos de preparo para recebê-la. Nosso Pai celestial está mais disposto a dar Seu Espírito Santo àqueles que Lho peçam, do que pais terrenos o estão a dar boas dádivas a seus filhos. Cumpre-nos, porém, mediante confissão, humilhação, arrependimento e fervorosa oração, corresponder às condições estipuladas por Deus em Sua promessa para conceder-nos Sua bênção. Só podemos esperar um reavivamento em resposta à oração. Enquanto o povo se acha tão destituído do Espírito Santo de Deus, não pode apreciar a pregação da Palavra; mas quando o poder do Espírito lhes toca o coração, então os sermões não ficarão sem efeito. Guiados pelos ensinos da Palavra de Deus, com a manifestação de Seu Espírito, no exercício de sã discrição, os que assistem a nossas reuniões adquirirão preciosa experiência e, voltando ao lar, acham-se preparados para exercer saudável influência. RV 9 2 Os pioneiros adventistas sabiam o que significava lutar com Deus em oração, e fruir o derramamento de Seu Espírito. Esses, porém, estão se retirando do cenário; e quem está surgindo para preencher-lhes o lugar? Como se comporta a geração que surge? Está convertida a Deus? Estamos nós atentos quanto à obra que se está desenvolvendo no santuário celestial, ou estamos à espera de algum poder que agite a igreja antes de despertarmos? Temos esperança de ver toda a igreja reavivada? Tal tempo nunca há de vir. RV 9 3 Há na igreja pessoas não convertidas, e que não se unirão em fervorosa e prevalecente oração. Precisamos entrar na obra individualmente. Precisamos orar mais e falar menos. Abundante é a iniquidade, e o povo deve ser ensinado a não se satisfazer com uma forma de piedade sem o espírito e o poder. Se intentarmos esquadrinhar o próprio coração, afastando nossos pecados, corrigindo nossas más tendências, nossa alma não se inchará em vaidade; desconfiaremos de nós mesmos, possuindo permanente senso de que nossa suficiência está em Deus. RV 10 1 Temos muito mais a temer de dentro do que de fora. Os obstáculos à força e ao êxito são muito maiores da parte da própria igreja do que do mundo. Os incrédulos têm direito de esperar que os que professam observar os mandamentos de Deus e ter a fé de Jesus façam muito mais que qualquer outra classe para promover e honrar mediante sua vida coerente, seu exemplo piedoso e sua influência ativa, a causa que representam. Mas quantas vezes se têm os professos defensores da verdade demonstrado o maior obstáculo ao seu progresso! A incredulidade com que se transige, as dúvidas expressas, as sombras acariciadas, animam a presença dos anjos maus e abrem o caminho para a execução dos ardis de Satanás. RV 10 2 Abrindo a porta ao adversário -- O adversário não tem permissão de ler nossos pensamentos; é, porém, perspicaz observador, e nota as palavras; registra-as e adapta habilmente suas tentações de modo a se ajustarem ao caso dos que se colocam em seu poder. Caso trabalhássemos para reprimir os pensamentos e sentimentos pecaminosos não lhes dando expressão em palavras ou ações, Satanás seria derrotado; pois ele não poderia preparar suas sedutoras tentações para adaptar ao caso. RV 10 3 Mas quantas vezes, por sua falta de domínio próprio, os que se dizem cristãos abrem a porta ao adversário! Divisões, e até amargas dissensões que infelicitariam qualquer comunidade mundana, são comuns nas igrejas, porque há tão pouco esforço para controlar os sentimentos errôneos, e reprimir toda palavra de que Satanás se possa aproveitar. Assim que surge uma discórdia de sentimentos, a questão é exposta diante de Satanás para sua inspeção, sendo-lhe oferecida oportunidade de usar sua sabedoria e habilidade de serpente para dividir e destruir a igreja. Grande prejuízo há em toda dissensão. Os amigos pessoais de ambos os lados tomam partido ao lado de seus respectivos amigos, e assim abre-se mais a brecha. Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Engendram-se e multiplicam-se incriminações e recriminações. Satanás e seus anjos operam ativamente para obter uma colheita da semente assim semeada. RV 10 4 Os mundanos contemplam isso, e exclamam zombeteiramente: "Como esses cristãos se aborrecem uns aos outros! Se isso é religião, não a queremos!" E olham a si mesmos e a seu caráter não religioso com grande satisfação. Assim são confirmados na impenitência, e Satanás exulta ante seu êxito. RV 10 5 O grande enganador tem preparado seus ardis para toda alma não protegida para a provação nem guardada por oração constante e fé viva. Como pastores, como cristãos, cumpre-nos trabalhar para remover do caminho todas as pedras de tropeço. Temos de remover todos os obstáculos. Confessemos e abandonemos todo pecado, para que o caminho do Senhor seja preparado, para que Ele venha a nossas reuniões e comunique Sua preciosa graça. O mundo, a carne e o diabo precisam ser vencidos. RV 11 1 Não podemos preparar o caminho conquistando a amizade do mundo, que é inimizade contra Deus; com Seu auxílio, porém, podemos romper com sua sedutora influência sobre nós e os outros. Não podemos, como indivíduos ou como corporação nos proteger das constantes tentações de um implacável e resoluto inimigo; mas, no poder de Jesus, podemos resistir-lhes. RV 11 2 De todo membro da igreja pode irradiar firme luz para o mundo, de modo que as pessoas não sejam levados a indagar: Que faz esse povo mais que os outros? Pode e deve haver uma retração da conformidade com o mundo, um recuo de toda aparência do mal, de maneira que não seja dada nenhuma ocasião aos contraditores. Não podemos escapar ao vitupério; ele virá; devemos, porém, ser muito cautelosos para não sermos acusados por nossos próprios pecados ou insensatez, mas por amor de Cristo. RV 11 3 Não há coisa que Satanás tema tanto como que o povo de Deus desimpeça o caminho mediante a remoção de todo impedimento, de modo que o Senhor possa derramar Seu Espírito sobre uma enfraquecida igreja e uma congregação impenitente. Se Satanás pudesse fazer o que ele deseja, jamais haveria outro despertamento, grande ou pequeno, até o fim do tempo. Não somos, porém, ignorantes de seus ardis. É possível resistir-lhe ao poder. Quando o caminho estiver preparado para o Espírito de Deus, a bênção virá. Satanás não pode impedir uma chuva de bênção de cair sobre o povo de Deus, assim como não pode fechar as janelas do Céu para que a chuva não caia sobre a Terra. Homens ímpios e demônios não podem impedir a obra de Deus ou excluir Sua presença das reuniões de Seu povo, caso eles, de coração rendido e contrito, confessem e afastem de si seus pecados, reivindicando com fé as promessas de Deus. Toda tentação, toda influência contrária, seja ela franca ou oculta, será resistida com êxito, "não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos". Zacarias 4:6. RV 11 4 Estamos no Dia da Expiação -- Achamo-nos no grande dia da expiação, quando nossos pecados devem, por confissão e arrependimento, ser apresentados ao juízo. Deus não aceita agora um testemunho frouxo e sem vigor da parte de Seus ministros. Tal testemunho não combina com a verdade presente. A mensagem para estes dias precisa ser alimento a seu tempo para nutrir a igreja de Deus. Mas Satanás tem procurado gradualmente roubar o poder dessa mensagem, para que o povo não esteja preparado para subsistir no dia do Senhor. RV 12 1 Em 1844, nosso grande Sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo do santuário celestial, para iniciar a obra do juízo investigativo. Os casos dos justos mortos têm estado a passar em revista diante de Deus. Quando essa obra se completar, o juízo deve ser pronunciado sobre os vivos. Quão preciosos, quão importantes são esses solenes momentos! Cada um de nós tem um caso pendente no tribunal celeste. Temos, individualmente, de ser julgados pelos atos praticados em vida. No serviço simbólico, quando era efetuada a obra da expiação pelo sumo sacerdote no lugar santíssimo do santuário terrestre, requeria-se do povo que se afligisse diante de Deus, e confessasse seus pecados, para que fossem expiados e apagados. Será exigido menos de nós neste antitípico Dia da Expiação, quando Cristo está intercedendo por Seu povo no santuário celestial, e deverá ser proferida a decisão final e irrevogável sobre cada caso? RV 12 2 Qual é nosso estado neste terrível e solene tempo? Ai, que orgulho prevalece na igreja, que hipocrisia, que engano, que amor ao vestuário, à frivolidade e ao divertimento, que desejo de supremacia! Todos esses pecados têm obscurecido a mente, de modo que as coisas eternas não têm sido discernidas. Não pesquisaremos as Escrituras, para sabermos onde nos encontramos na história deste mundo? Não nos tornaremos esclarecidos quanto à obra que se está efetuando por nós neste tempo, e a atitude que nós como pecadores devemos ter enquanto essa obra de expiação está em andamento? Se temos qualquer consideração pela nossa salvação, precisamos fazer decidida mudança. Precisamos buscar ao Senhor com genuíno arrependimento; importa que, com profunda contrição, confessemos nossos pecados, para que sejam apagados. RV 12 3 É preciso não ficarmos por mais tempo no terreno encantado. Aproximamo-nos rapidamente do fim do nosso tempo de graça. Indague cada pessoa: Como estou eu perante Deus? Não sabemos quão breve nosso nome pode ser tomado nos lábios de Cristo, e nosso caso ser finalmente decidido. Que decisões serão essas! Seremos nós contados entre os justos, ou numerados entre os ímpios? RV 12 4 A igreja desperta e arrependida -- Levante-se a igreja e arrependa-se de suas prevaricações diante de Deus. Levantem-se os vigias, e deem à trombeta sonido certo. É uma advertência definida que temos de proclamar. Deus ordena a Seus servos: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados". Isaías 58:1. A atenção do povo precisa ser atraída; a menos que se possa fazer isso, todos os esforços serão nulos; ainda que viesse um anjo do Céu e lhes falasse, suas palavras não operariam mais benefício do que se ele estivesse falando ao frio ouvido de um morto. RV 13 1 A igreja precisa despertar para a ação. O Espírito de Deus não poderá vir enquanto ela não preparar o caminho. Deve haver diligente exame de coração. Deve haver oração unida e perseverante, e o reivindicar, pela fé, as promessas de Deus. Deve haver, não o cobrir o corpo de pano de- saco, à semelhança da antiguidade, mas profunda humilhação espiritual. Não temos a mínima razão para congratulação e exaltação própria. Devemos humilhar-nos sob a potente mão de Deus. Ele aparecerá para confortar e dar bênçãos aos que verdadeiramente O buscam. RV 13 2 A obra está diante de nós; empenhar-nos-emos nela? Precisamos trabalhar depressa, precisamos avançar constantemente. Temos de preparar-nos para o grande dia do Senhor. Não temos tempo a perder, tempo para empenhar-nos em desígnios egoístas. O mundo deve ser advertido. Que estamos fazendo, como indivíduos, para levar a luz a outros? Deus deixou a cada homem sua obra; cada um tem sua parte a desempenhar, e não podemos negligenciar essa obra senão com risco para nossa salvação. RV 13 3 Ó meus irmãos, entristeceremos o Espírito Santo, e daremos lugar a que Ele Se afaste? Deixaremos fora o bendito Salvador, por não estarmos preparados para Sua presença? Deixaremos pessoas perecendo sem o conhecimento da verdade, porque amamos demasiado nossa comodidade para levarmos o fardo que Jesus carregou por nós? Despertemos do sono. "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar". 1 Pedro 5:8. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1887. RV 13 4 A reforma acompanha o reavivamento -- Em muitos corações mal parece haver um sopro de vida espiritual. Isso me faz muito triste. Receio que não tenha sido mantida luta ativa contra o mundo, a carne e o diabo. Alegrar-nos-emos por um cristianismo quase morto, o espírito egoísta e cobiçoso do mundo, partilhando de sua impiedade e sorrindo às suas mentiras? -- Não! Pela graça de Deus, sejamos firmes aos princípios da verdade, mantendo fiéis até o fim o princípio de nossa confiança. Não devemos ser "vagarosos no cuidado", mas "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Um é nosso Mestre, isto é, Cristo. A Ele devemos olhar. DEle devemos receber nossa sabedoria. Por Sua graça devemos conservar nossa integridade, permanecendo diante de Deus em mansidão e contrição, e representando-O perante o mundo. RV 13 5 Os sermões têm tido grande procura em nossas igrejas. Os membros têm confiado em declamações do púlpito em vez de no Espírito Santo. Não solicitados nem utilizados, os dons espirituais a eles concedidos têm-se reduzido a fraqueza. Caso pastores saíssem a novos campos, os membros seriam obrigados a assumir responsabilidades, e pelo uso suas aptidões aumentariam. RV 14 1 Deus apresenta contra os pastores e o povo a séria acusação de fraqueza espiritual, dizendo: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas". Apocalipse 3:15-18. Deus pede um reavivamento espiritual e uma reforma espiritual. A menos que isso se realize, os que são mornos continuarão a se tornar mais aborrecíveis ao Senhor, até que Ele Se recuse a reconhecê-los como Seus filhos. RV 14 2 Precisa haver um reavivamento e uma reforma, sob a ministração do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não trará o bom fruto da justiça a menos que seja ligada com o reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la, precisam fundir-se. -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1902. RV 14 3 Instrumentos simples serão utilizados -- Têm-me sido feitas exposições, mostrando que o Senhor executará Seus planos mediante uma variedade de maneiras e instrumentos. Não são apenas os mais talentosos, nem só os que ocupam altas posições de confiança, ou são mais finamente educados do ponto de vista mundano, que o Senhor usa para realizar Sua grande e santa obra de salvação. Ele Se servirá de meios simples; usará muitos que tiveram poucas vantagens para ajudarem a levar avante Sua obra. Pelo emprego de meios simples, trará para a crença da verdade os que possuem propriedades e terras, e eles serão influenciados a se tornarem mão ajudadora do Senhor no progresso de Sua obra. -- Carta 62, 1909. ------------------------Capítulo 2 -- Conversões: falsas ou verdadeiras RV 15 1 O poder da Palavra -- Onde quer que a Palavra de Deus tenha sido fielmente pregada, seguiram-se resultados que atestaram de sua origem divina. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem de Seus servos, e a Palavra era proclamada com poder. Os pecadores sentiam despertar-se-lhes a consciência. A "luz que alumia a todo homem que vem ao mundo" (João 1:9) iluminava-lhes os íntimos recessos da alma, e as coisas ocultas das trevas eram manifestas. Coração e espírito eram possuídos de profunda convicção. Convenciam-se do pecado, da justiça e do juízo vindouro. Tinham a intuição da justiça de Jeová, e sentiam terror de aparecer, em sua culpa e impureza, perante Aquele que examina os corações. Com angústia exclamavam: "Quem me livrará do corpo desta morte?" Romanos 7:24. Ao revelar-se a cruz do Calvário, com o infinito sacrifício pelos pecados humanos, viram que nada, senão os méritos de Cristo, seria suficiente para a expiação de suas transgressões; somente esses méritos poderiam reconciliar as pessoas com Deus. Com fé e humildade, aceitaram o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Pelo sangue de Jesus tiveram "a remissão dos pecados passados". Romanos 3:25. RV 15 2 Um novo estilo de vida -- Aquelas pessoas produziram frutos dignos de arrependimento. Creram e foram batizadas, e levantaram-se para andar em novidade de vida -- como novas criaturas em Cristo Jesus; não para se conformarem aos desejos anteriores, mas, pela fé no Filho de Deus, seguir-Lhe os passos, refletir-Lhe o caráter, e purificar-se assim como Ele é puro. As coisas que antes odiavam, agora amavam; e as que antes amavam, passaram a odiar. Os orgulhosos e presunçosos tornaram-se mansos e humildes de coração. Os vaidosos e arrogantes se fizeram sérios e acessíveis. Os profanos se tornaram reverentes; os bêbados, sóbrios; os devassos, puros. As modas vãs do mundo foram postas de parte. Os cristãos procuravam não o "enfeite [...] exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". 1 Pedro 3:3, 4. RV 15 3 Os despertamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos solenes e fervorosos apelos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus pela salvação de almas. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos na vida dos que não recuavam da renúncia e do sacrifício, mas que se regozijavam de que fossem considerados dignos de sofrer e ser provados por amor a Cristo. Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência. [...] RV 16 1 Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o que tinha roubado, confessa os pecados e ama a Deus e seus semelhantes, pode o pecador estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de avivamento religioso. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação das pessoas e para reerguimento da humanidade. RV 16 2 Falsos reavivamentos: quais as diferenças -- Muitos dos despertamentos dos tempos modernos têm, no entanto, apresentado notável contraste com aquelas manifestações de graça divina que nos primitivos tempos se seguiam aos labores dos servos de Deus. É verdade que se desperta grande interesse, muitos professam conversão e há larga afluência às igrejas; não obstante, os resultados não são de molde a autorizar a crença de que houve aumento correspondente da verdadeira vida espiritual. A luz que chameja por algum tempo logo fenece, deixando as trevas mais densas do que antes. RV 16 3 Avivamentos populares são muitas vezes promovidos por meio de apelos à imaginação, excitando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos dessa maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica e pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério. RV 16 4 Para toda pessoa verdadeiramente convertida, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande objetivo da vida. [...] Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Naquele tempo muitos se separarão das igrejas em que o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto pastores como leigos, aceitarão alegremente as grandes verdades que Deus providenciou fossem proclamadas no tempo presente, a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor. RV 17 1 O inimigo deseja criar dificuldades para essa obra; e antes que chegue o tempo para tal movimento, esforçar-se-á para impedi-la, introduzindo uma contrafação. Nas igrejas que puder colocar sob seu poder sedutor, fará parecer que a bênção especial de Deus foi derramada; manifestar-se-á o que será considerado como grande interesse religioso. Multidões exultarão de que Deus esteja operando maravilhosamente por elas, quando a obra é de outro espírito. Sob o disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão. RV 17 2 Ninguém precisa ser enganado -- Em muitos dos avivamentos ocorridos durante o último meio século, têm estado a operar, em maior ou menor grau, as mesmas influências que se manifestarão em movimentos mais extensos no futuro. Há um excitamento emotivo, mistura do verdadeiro com o falso, muito apropriado para transviar. Contudo, ninguém necessita ser enganado. À luz da Palavra de Deus não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Escritura Sagrada, desviando-se das verdades claras que servem para provar a espiritualidade e que exigem a renúncia de si mesmo e a do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. E, pela regra que o próprio Cristo deu -- "Por seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:16) -- é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus. RV 17 3 Nas verdades de Sua Palavra, Deus deu aos homens a revelação de Si mesmo; e a todos os que as aceitam servem de escudo contra os enganos de Satanás. Foi a negligência dessas verdades que abriu a porta aos males que tanto se estão generalizando agora no mundo religioso. Tem-se perdido de vista, em grande parte, a natureza e importância da lei de Deus. Uma concepção errônea do caráter, perpetuidade e vigência da lei divina tem ocasionado erros quanto à conversão e santificação, resultando em baixar, na igreja, a norma da piedade. Aqui deve encontrar-se o segredo da falta do Espírito e poder de Deus nos avivamentos de nosso tempo. [...] RV 17 4 A lei de Deus pode ser alterada? -- Muitos ensinadores religiosos afirmam que Cristo, pela Sua morte, aboliu a lei, e, em virtude disso, estão os homens livres de suas reivindicações. Alguns há que a representam como um jugo penoso; e em contraste com a servidão da lei apresentam a liberdade a ser usufruída sob o evangelho. RV 17 5 Não foi, porém, assim que profetas e apóstolos consideravam a santa lei de Deus. Disse Davi: "Andarei em liberdade, pois busquei os Teus preceitos". Salmos 119:45. O apóstolo Tiago, que escreveu depois da morte de Cristo, refere-se ao decálogo como a "lei real" e a "lei perfeita da liberdade". Tiago 2:8; 1:25. E o escritor do Apocalipse, meio século depois da crucifixão, pronuncia uma bênção aos que "guardam os Seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas". Apocalipse 22:14. A declaração de que Cristo por Sua morte aboliu a lei do Pai, não tem fundamento. Se tivesse sido possível mudar ou abolir a lei não teria sido necessário que Cristo morresse para salvar o ser humano da pena do pecado. [...] RV 18 1 Alienado e reconciliado: como é possível? -- É obra da conversão e santificação reconciliar as pessoas com Deus, pondo-as em harmonia com os princípios de Sua lei. No princípio, o ser humano foi criado à imagem de Deus. Estava em perfeita harmonia com a natureza e com a lei de Deus; os princípios da justiça lhe estavam escritos no coração. O pecado, porém, alienou-o do Criador. Não mais refletia a imagem divina. O coração estava em guerra contra os princípios da lei de Deus. "A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser". Romanos 8:7. Mas "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito" (João 3:16) para que o ser humano pudesse reconciliar-se com Ele. Mediante os méritos de Cristo, pode aquele se restabelecer à harmonia com o Criador. O coração deve ser renovado pela graça divina; deve receber nova vida de cima. Essa mudança é o novo nascimento, sem o que, diz Jesus, o homem "não pode ver o reino de Deus". João 3:3. RV 18 2 O primeiro passo na reconciliação com Deus é a convicção do pecado. "Pecado é a transgressão da lei". 1 João 3:4. "Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado". Romanos 3:20. A fim de ver sua culpa, o pecador deve provar o próprio caráter pela grande norma divina da justiça. É um espelho que mostra a perfeição de um viver justo, habilitando o pecador a discernir seus defeitos de caráter. RV 18 3 A lei revela à pessoa os seus pecados, mas não provê remédio. Ao mesmo tempo que promete vida ao obediente, declara que a morte é o quinhão do transgressor. Unicamente o evangelho de Cristo o pode livrar da condenação ou contaminação do pecado. Deve ele exercer o arrependimento em relação a Deus, cuja lei transgrediu, e fé em Cristo, seu sacrifício expiatório. Obtém assim "remissão dos pecados passados" (Romanos 3:25), e se torna participante da natureza divina. [...] RV 18 4 Estaria agora na liberdade de transgredir a lei de Deus? Diz Paulo: "Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei". Romanos 3:31. "Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" Romanos 6:2. E João declara: "Este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os Seus mandamentos não são penosos". 1 João 5:3. No novo nascimento o coração é posto em harmonia com Deus, ao colocar-se em conformidade com a Sua lei. Quando essa poderosa transformação se efetua no pecador, passou ele da morte para a vida, do pecado para a santidade, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. [...] RV 19 1 Santificação: obra de quem? -- Teorias errôneas sobre a santificação, procedentes da negligência ou rejeição da lei divina, ocupam lugar preeminente nos movimentos religiosos de nossa época. Essas teorias não somente são falsas no que respeita à doutrina, mas também perigosas nos resultados práticos; e o fato de que estejam alcançando aceitação tão grande torna duplamente essencial que todos tenham clara compreensão do que as Escrituras ensinam a tal respeito. RV 19 2 A verdadeira santificação é doutrina bíblica. O apóstolo Paulo, em carta à igreja de Tessalônica, declara: "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação." E roga: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo". 1 Tessalonicenses 4:3; 5:23. A Bíblia ensina claramente o que é a santificação, e como deve ser alcançada. O Salvador orou pelos discípulos: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade". João 17:17. E Paulo ensina que os crentes devem ser santificados pelo Espírito Santo. Romanos 15:16. Qual é a obra do Espírito Santo? Disse Jesus aos discípulos: "Quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade". João 16:13. E o salmista declara: "Tua lei é a verdade". Salmos 119:142. Pela Palavra e pelo Espírito de Deus se revelam aos seres humanos os grandes princípios de justiça incorporados em Sua lei. E desde que a lei de Deus é santa, justa e boa, e cópia da perfeição divina, segue-se que o caráter formado pela obediência àquela lei será santo. Cristo é um exemplo perfeito de semelhante caráter. Diz Ele: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai." "Eu faço sempre o que Lhe agrada". João 15:10; 8:29. Os seguidores de Cristo devem tornar-se semelhantes a Ele -- pela graça de Deus devem formar caráter em harmonia com os princípios de Sua santa lei. Isso é santificação bíblica. RV 19 3 Essa obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus habitando em nós. Paulo admoesta aos cristãos: "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade". Filipenses 2:12, 13. O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo". 1 Coríntios 15:57. RV 20 1 As Escrituras claramente revelam que a obra da santificação é progressiva. Quando na conversão o pecador acha paz com Deus mediante o sangue expiatório, apenas iniciou a vida cristã. Deve agora aperfeiçoar-se; crescer até "a medida da estatura da plenitude de Cristo". Efésios 4:13. [...] RV 20 2 Não há lugar para arrogância -- Os que experimentam a santificação bíblica manifestarão um espírito de humildade. Como Moisés, depois de contemplarem a augusta e majestosa santidade, veem a sua indignidade contrastando com a pureza e excelsa perfeição do Ser infinito. RV 20 3 O profeta Daniel é um exemplo da verdadeira santificação. Seus longos anos foram cheios de nobre serviço a seu Mestre. Foi um "homem muito amado" do Céu. Daniel 10:11. Mas, ao invés de pretender ser puro e santo, esse honrado profeta, quando pleiteava perante Deus em favor de seu povo, identificou-se com os que positivamente eram pecadores em Israel: "Não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias." "Temos pecado e procedido perversamente." Declara ele: "Falava eu ainda, e orava, e confessava o meu pecado e o pecado do meu povo". Daniel 9:18, 15, 20. [...] RV 20 4 Quando Jó ouviu do redemoinho, a voz do Senhor, exclamou: "Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza". Jó 42:6. Foi quando Isaías viu a glória do Senhor e ouviu os querubins a clamar -- "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos" -- que exclamou: "Ai de mim, que vou perecendo!" Isaías 6:3, 5. Arrebatado ao terceiro Céu, Paulo ouviu coisas que não era possível ao ser humano proferir, e falou de si mesmo como "o menor de todos os santos". 2 Coríntios 12:2-4; Efésios 3:8. Foi o amado João, que se reclinou ao peito de Jesus, e Lhe contemplou a glória, que caiu como morto aos pés de um anjo. Apocalipse 1:17. RV 20 5 Não pode haver exaltação própria ou jactanciosa pretensão à libertação do pecado por parte dos que andam à sombra da cruz do Calvário. Sentem eles que foi seu pecado o causador da agonia que quebrantou o coração do Filho de Deus, e esse pensamento os levará à humilhação própria. Os que mais perto vivem de Jesus, mais claramente discernem a fragilidade e pecaminosidade do ser humano, e sua única esperança está nos méritos de um Salvador crucificado e ressurgido. RV 20 6 Falsa santificação: basta crer? -- A santificação que ora adquire preeminência no mundo religioso traz consigo o espírito de exaltação própria e o desrespeito pela lei de Deus, os quais a estigmatizam como estranha à religião da Escritura Sagrada. Seus defensores ensinam que a santificação é obra instantânea, pela qual, mediante a fé apenas, alcançam perfeita santidade. "Basta crer", dizem, "e a bênção será sua." Nenhum outro esforço, por parte do que recebe, se pressupõe necessário. Ao mesmo tempo negam a autoridade da lei de Deus, insistindo em que estão livres da obrigação de guardar os mandamentos. Mas é possível aos seres humanos serem santos, de acordo com a vontade e caráter de Deus, sem ficar em harmonia com os princípios que são a expressão de Sua natureza e vontade, e que mostram o que Lhe é agradável? RV 21 1 O desejo de uma religião fácil, que não exija esforço, renúncia, nem ruptura com a insensatez do mundo, tem tornado popular a doutrina da fé, e fé somente; mas que diz a Palavra de Deus? Declara o apóstolo Tiago: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé". Tiago 2:14, 20-22, 24. RV 21 2 O testemunho da Palavra de Deus é contra essa doutrina perigosa da fé sem as obras. Não é fé pretender o favor do Céu sem cumprir as condições necessárias para que a graça seja concedida: é presunção; pois que a fé genuína se fundamenta nas promessas e disposições das Escrituras. RV 21 3 Ninguém se engane com a crença de que pode tornar-se santo enquanto voluntariamente transgride um dos mandamentos de Deus. O cometer o pecado conhecido faz silenciar a voz testemunhadora do Espírito e nos separa de Deus. [...] Conquanto João em suas epístolas trate tão amplamente do amor, não hesita, entretanto, em revelar o verdadeiro caráter dessa classe de pessoas que pretende ser santificada ao mesmo tempo em que vive a transgredir a lei de Deus. "Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Aquele, entretanto, que guarda a Sua Palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus". 1 João 2:4, 5. Essa é a pedra de toque de toda profissão de fé. Não podemos atribuir santidade a qualquer pessoa sem julgá-la pela medida da única norma divina de santidade que há no Céu e na Terra. [...] RV 21 4 E a alegação de estarem sem pecado é em si mesma evidência de que aquele que a alimenta longe está de ser santo. É porque não tem nenhuma concepção verdadeira da infinita pureza e santidade de Deus, ou do que devem ser os que se hão de harmonizar com Seu caráter; é porque não aprendeu o verdadeiro conceito da pureza e perfeição supremas de Jesus, bem como da malignidade e horror do pecado, que uma pessoa pode considerar-se santa. Quanto maior a distância entre ela e Cristo, e quanto mais impróprias forem suas concepções do caráter e requisitos divinos, tanto mais justa parecerá a seus próprios olhos. RV 22 1 Entrega sem reservas -- A santificação apresentada nas Escrituras compreende o ser inteiro: espírito, alma e corpo. Paulo orou pelos tessalonicenses para que todo o seu espírito, alma e corpo fossem plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23. Outra vez escreveu ele aos cristãos: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1. No tempo do antigo Israel, toda oferta trazida como sacrifício a Deus era cuidadosamente examinada. Se se descobria qualquer defeito no animal apresentado, era rejeitado; pois Deus recomendara que a oferta fosse "sem mancha". Assim se ordena aos cristãos que apresentem o corpo "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". A fim de fazerem isso, todas as faculdades devem ser conservadas na melhor condição possível. Toda prática que enfraquece a força física ou mental, inabilita a pessoa para o serviço de seu Criador. RV 22 2 E agradar-Se-á Deus com qualquer coisa que seja menos do que o melhor que podemos oferecer? Disse Cristo: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração". Mateus 22:37. Os que amam a Deus de todo o coração, desejarão prestar-Lhe o melhor serviço de sua vida, e estarão constantemente procurando pôr toda faculdade do ser em harmonia com as leis que os tornarão aptos a fazer a Sua vontade. [...] RV 22 3 Uma vida transformada -- O mundo está entregue à satisfação de si mesmo. "A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida" (1 João 2:16) dominam as massas populares. Os seguidores de Cristo, porém, possuem uma vocação mais elevada. [...] RV 22 4 Aos que satisfazem as condições: "Saí do meio deles, e apartai-vos, [...] e não toqueis nada imundo", a promessa de Deus é: "Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso". 2 Coríntios 6:17, 18. É privilégio e dever de todo cristão ter uma experiência rica e abundante nas coisas de Deus. [...] Os brilhantes raios do Sol da justiça resplandecem sobre os servos de Deus, e devem estes refletir os Seus raios. Assim como as estrelas nos falam de uma grande luz no céu, com cuja glória refulgem, assim também os cristãos devem tornar manifesto que há no trono do Universo um Deus, cujo caráter é digno de louvor e imitação. As graças de Seu Espírito, a pureza e santidade de Seu caráter, manifestar-se-ão em Suas testemunhas. [...] RV 22 5 Não mais condenados -- Uma vez que a vida do cristão deva ser caracterizada pela humildade, não deveria assinalar-se pela tristeza e depreciação de si mesmo. É privilégio de cada um viver de tal maneira que Deus o aprove e abençoe. Não é da vontade de nosso Pai celestial que sempre estejamos sob condenação e trevas. O andar cabisbaixo e com o coração cheio de preocupações não constitui prova de verdadeira humildade. Podemos ir a Jesus e ser purificados, permanecendo diante da lei sem opróbrio e remorsos. "Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito". Romanos 8:1. RV 23 1 Por meio de Jesus os decaídos filhos de Adão se tornam "filhos de Deus". "Pois, tanto O que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que Ele não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Hebreus 2:11. A vida cristã deve ser de fé, vitória e alegria em Deus. "Todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé". 1 João 5:4. Com acerto disse Neemias, servo de Deus: "A alegria do Senhor é a vossa força". Neemias 8:10. E Paulo diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos". Filipenses 4:4. "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". 1 Tessalonicenses 5:16-18. RV 23 2 São esses os frutos da conversão e santificação bíblica. -- O Grande Conflito, 461-478. ------------------------Capítulo 3 -- Como ser um cristão nascido de novo RV 24 1 Fé: crença e confiança -- Quando Deus perdoa o pecador, anula o castigo que ele merece e o trata como se não tivesse pecado, recebe-o no favor divino e o justifica em virtude dos méritos da justiça de Cristo. O pecador só pode ser justificado mediante a fé no sacrifício expiatório feito pelo amado Filho de Deus, que Se tornou um sacrifício pelos pecados do mundo culpado. Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei e da pena da transgressão pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança. [...] RV 24 2 Muitos concordam que Jesus Cristo seja o Salvador do mundo, mas ao mesmo tempo se conservam afastados dEle, e deixam de arrepender-se de seus pecados, e de aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal. Sua fé é apenas o assentimento da mente e do juízo à verdade; mas esta não é introduzida no coração, para santificar a vida e transformar o caráter. [...] RV 24 3 Arrependimento -- Muitos se acham confundidos quanto ao que constitui os primeiros passos na obra da salvação. O arrependimento é considerado uma obra que o pecador deve realizar por si mesmo, a fim de poder chegar a Cristo. Pensam que o pecador deve por si mesmo conseguir a habilitação para obter a bênção da graça de Deus. Mas, conquanto seja verdade que o arrependimento deve preceder o perdão, pois é unicamente o coração quebrantado e contrito que é aceitável a Deus, o pecador não pode produzir em si o arrependimento, ou preparar-se para ir a Cristo. A menos que o pecador se arrependa, não pode ele ser perdoado; mas a questão que deve ser resolvida é quanto a ser o arrependimento obra do pecador ou dom de Cristo. Tem o pecador de esperar até que esteja tomado de remorsos pelo seu pecado, antes de poder dirigir-se a Cristo? O primeiro passo em direção de Cristo é dado graças à atração do Espírito de Deus; ao atender a pessoa a esse apelo, vai a Cristo a fim de que se arrependa. RV 24 4 O pecador é comparado a uma ovelha perdida, e uma ovelha perdida jamais volta ao redil a menos que seja pelo pastor procurada e restituída ao redil. Pessoa alguma pode de si mesma arrepender-se, tornando-se digna da bênção da justificação. O Senhor Jesus está constantemente procurando impressionar o coração do pecador e atraí-lo a fim de que O contemple como o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo. Não podemos dar um passo na vida espiritual, a não ser que Jesus atraia e fortaleça a alma, e nos leve a experimentar aquele arrependimento que jamais decepciona. RV 25 1 Quando perante os principais sacerdotes e os saduceus, Pedro apresentou claramente o fato de que o arrependimento é dom de Deus. Falando de Cristo, disse ele: "Deus, porém, com a Sua destra, O exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados". Atos 5:31. O arrependimento, não menos do que o perdão e a justificação, é dom de Deus, e não pode ser experimentado a não ser que seja concedido por Cristo. Se somos atraídos a Cristo, isso ocorre por Seu poder e virtude. A graça da contrição vem por meio dEle, e dEle vem a justificação. [...] RV 25 2 Fé é mais do que uma declaração -- A fé que é para salvação não é uma fé casual, não é o mero assentimento do intelecto, é a crença arraigada no coração que abraça a Cristo como Salvador pessoal, com a certeza de que Ele pode salvar perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Crer que Ele salve a outros, mas não salvará a nós, não é fé genuína; mas quando a pessoa se apoia em Cristo como a única esperança de salvação, então se manifesta fé genuína. Essa fé leva seu possuidor a colocar em Cristo todas as afeições; seu entendimento fica sob o controle do Espírito Santo, e seu caráter é moldado segundo a semelhança divina. Sua fé não é uma fé morta, mas sim que opera por amor, e o leva a contemplar a formosura de Cristo e a tornar-se semelhante ao caráter divino. [...] RV 25 3 Toda a obra é do Senhor, de princípio ao fim. Pode dizer o pecador a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Não vim chamar justos, e sim pecadores'. Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu." RV 25 4 Justos, em Cristo -- Cristo é um Salvador ressurreto; pois, embora estivesse morto, ressuscitou, vivendo sempre para fazer intercessão por nós. Devemos crer com o coração para justiça, e com a boca fazer confissão para salvação. Os que são justificados pela fé, confessarão a Cristo. "Quem ouve a Minha palavra e crê nAquele que Me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida". João 5:24. A grande obra em favor do pecador, impuro e maculado pelo mal, é a obra da justificação. Por Aquele que fala a verdade, é o pecador declarado justo. O Senhor imputa ao crente a justiça de Cristo e perante o Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o representante, substituto e penhor do pecador. Sobre Cristo coloca Ele a iniquidade de todo aquele que crê. "Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus". 2 Coríntios 5:21. RV 26 1 Cristo fez reparação da culpa de todo o mundo, e todos os que se chegarem a Deus com fé, receberão a justiça de Cristo, que levou "Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados". 1 Pedro 2:24. Nosso pecado foi expiado, removido, lançado nas profundezas do mar. Mediante arrependimento e fé livramo-nos do pecado, e olhamos para o Senhor, justiça nossa. Jesus sofreu, o justo pelos injustos. RV 26 2 Definindo o arrependimento -- Embora, como pecadores, estejamos sob a condenação da lei, Cristo, por Sua obediência prestada à lei, reivindica para o arrependido o mérito de Sua própria justiça. A fim de obter a justiça de Cristo, é necessário que o pecador saiba o que é aquele arrependimento que opera uma mudança radical da mente, do espírito e da ação. A obra da transformação tem de começar no coração, e manifestar seu poder por meio de todas as faculdades do ser; mas o ser humano não é capaz de originar um arrependimento como esse, e só o pode experimentar por meio de Cristo, que "subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens". Efésios 4:8. RV 26 3 Quem deseja o arrependimento? -- Quem está desejoso de se tornar verdadeiramente arrependido? Que deve ele fazer? Deve se aproximar de Jesus, tal qual está, sem demora. Deve crer que a palavra de Cristo é verdadeira e, crendo na promessa, pedir, para que possa receber. Quando o desejo sincero leva uma pessoa a pedir, ela não orará em vão. O Senhor cumprirá Sua palavra e dará o Espírito Santo para levar ao arrependimento para com Deus e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. A pessoa orará e vigiará, e abandonará seus pecados, tornando manifesta sua sinceridade pelo vigor de seu esforço para obedecer aos mandamentos de Deus. Com a oração ela misturará a fé, e não só crerá nos preceitos da lei, mas também lhes obedecerá. Essa pessoa se manifestará olhando a questão do lado de Cristo. Renunciará a todos os hábitos e associações que tendam a afastar de Deus o coração. RV 26 4 Aquele que deseja tornar-se filho de Deus, tem de receber a verdade de que o arrependimento e o perdão devem ser obtidos por meio de nada menos que a expiação de Cristo. Depois disso, o pecador tem de realizar um esforço em harmonia com a obra feita em seu favor, e com súplicas incansáveis recorrer ao trono da graça, para que o poder renovador de Deus possa vir sobre ele. Cristo não perdoa a ninguém senão ao arrependido, mas àquele a quem Ele perdoa, primeiro traz o arrependimento. A providência tomada é completa, e a justiça eterna de Cristo é colocada ao crédito de todo cristão. As vestes, preciosas e sem mácula, tecidas nos teares do Céu, foram providas para o pecador arrependido e crente, e ele poderá dizer: "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me vestiu de vestidos de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como o noivo que se adorna com atavios, e como noiva que se enfeita com as suas joias". Isaías 61:10. RV 27 1 Maravilhosa graça -- Abundante graça foi provida para que a pessoa que crê possa manter-se livre do pecado; pois todo o Céu, com seus recursos ilimitados, foi posto à nossa disposição. Devemos servir-nos da fonte da salvação. Cristo é o fim da lei, para justiça a todo aquele que crê. Romanos 10:4. Em nós mesmos somos pecadores; mas em Cristo somos justos. Tendo-nos feito justos, mediante a imputada justiça de Cristo, Deus nos pronuncia justos e nos trata como justos. Considera-nos Seus filhos amados. Cristo atua contra o poder do pecado, e onde este abundava, muito mais abundante é a graça. Romanos 5:20. "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus". Romanos 5:1, 2. RV 27 2 "Sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da Sua justiça neste tempo presente, para que Ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus". Romanos 3:24-26. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus". Efésios 2:8. RV 27 3 Um plano para a salvação -- O Senhor deseja Seu povo sadio na fé -- não ignorante da grande salvação que tão graciosamente lhe é provida. Não devem [as pessoas] olhar ao futuro, pensando que em algum tempo vindouro uma grande obra seja feita em seu favor, pois a obra está agora completa. O fiel não é chamado para fazer paz com Deus; isso ele jamais fez nem pode fazer. Deve aceitar a Cristo como sua paz, pois com Cristo está Deus e a paz. Cristo pôs fim ao pecado, levando no próprio corpo a pesada maldição para o madeiro, e Ele removeu a maldição de todos aqueles que creem nEle como Salvador pessoal. Põe Ele fim ao poder dominante do pecado no coração, e a vida e caráter do crente testificam do genuíno caráter da graça de Cristo. RV 28 1 Aos que Lhe pedem, Jesus comunica o Espírito Santo; pois é necessário que todos sejam libertos da contaminação, assim como da maldição e condenação da lei. Mediante a obra do Espírito Santo e a santificação da verdade, o cristão torna-se habilitado para as cortes celestiais; pois Cristo opera em nós, e Sua justiça sobre nós está. Sem isso, pessoa alguma terá direito ao Céu. Não desfrutaremos o Céu a menos que estejamos qualificados para sua atmosfera santa, pela influência do Espírito e pela justiça de Cristo. RV 28 2 Para sermos candidatos ao Céu temos de satisfazer aos requisitos da lei: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo". Lucas 10:27. Só podemos fazer isso ao nos apegarmos, pela fé, à justiça de Cristo. Contemplando a Jesus receberemos no coração um princípio vivo e que se expande, e o Espírito Santo continua a obra, e o crente prossegue de graça em graça, de força em força, de caráter em caráter. Ele se conforma à imagem de Cristo até que, no crescimento espiritual, alcança a medida da plena estatura de Cristo Jesus. Assim Cristo põe fim à maldição do pecado e nos livra de sua ação e efeito. RV 28 3 Algo entre eu e Deus? -- Cristo, tão somente, é capaz de isso fazer, pois "convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados". Hebreus 2:17, 18. Reconciliação quer dizer que se removeu toda barreira entre a pessoa e Deus, e que o pecador reconhece o que significa o amor perdoador de Deus. Por motivo do sacrifício feito por Cristo pelos seres humanos caídos, Deus pode com justiça perdoar ao transgressor que aceite os méritos de Cristo. Cristo foi o conduto pelo qual a misericórdia, amor e justiça puderam fluir do coração de Deus para o coração do pecador. "Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça". 1 João 1:9. [...] RV 28 4 Todos podem dizer: "Por Sua obediência perfeita satisfez Ele as reivindicações da lei, e minha única esperança está em olhar para Ele como meu substituto e penhor, que obedeceu perfeitamente à lei por mim. Pela fé em Seus méritos estou livre da condenação da lei. Ele me veste de Sua justiça, que responde a todas as exigências da lei. Sou completo nAquele que introduz a justiça eterna. Ele me apresenta a Deus nas vestes imaculadas das quais nenhum fio foi tecido por qualquer instrumento humano. Tudo é de Cristo, e toda a glória, honra e majestade devem ser dados ao Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo." RV 29 1 Muitos pensam que devem esperar por um impulso especial, a fim de poderem aproximar-se de Cristo; mas só é necessário ir na sinceridade de propósito, decididos a aceitar os oferecimentos de misericórdia e graça que nos foram feitos. Devemos dizer: "Cristo morreu para me salvar. O desejo do Senhor é que eu seja salvo, e irei a Jesus tal qual estou, e sem demora. Agirei confiando na promessa. Ao atrair-me Cristo, atenderei." Diz o apóstolo: "Com o coração se crê para justiça". Romanos 10:10. Ninguém pode crer com o coração para a justiça, e obter justificação pela fé, enquanto continuar na prática das coisas que a Palavra de Deus proíbe, ou enquanto negligenciar qualquer dever conhecido. RV 29 2 Boas obras, fruto da fé -- A fé genuína se manifestará em boas obras, pois as boas obras são frutos da fé. Ao operar Deus no coração, e entregar o ser humano sua vontade a Deus, e com Ele cooperar, ele manifesta na vida aquilo que Deus operou em seu íntimo pelo Espírito Santo, e há harmonia entre o propósito do coração e a prática da vida. Todo pecado deve ser renunciado como a coisa odiosa que crucificou o Senhor da vida e da glória, e o cristão tem de ter uma experiência progressiva, fazendo continuamente as obras de Cristo. É pela contínua entrega da vontade, pela obediência contínua, que se retém a bênção da justificação. RV 29 3 Os que são justificados pela fé devem ter no coração o desejo de andar nos caminhos do Senhor. É uma prova de não estar a pessoa justificada pela fé, não corresponderem suas obras a sua profissão de fé. Diz Tiago: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada". Tiago 2:22. RV 29 4 A fé que não produz boas obras não justifica a alma. "Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente". Tiago 2:24. "Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça". Romanos 4:3. RV 29 5 Em Seus passos -- Onde há fé, aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se negligenciam os órfãos e as viúvas, são vestidos os desnudos, alimentados os pobres. Cristo andou fazendo o bem, e quando pessoas a Ele se unem, amam os filhos de Deus, e a mansidão e a verdade lhes guiam os passos. A expressão do semblante revela sua experiência, e os outros os conhecem como os que estiveram com Jesus e dEle aprenderam. Cristo e o cristão tornam-se um, e Sua formosura de caráter se revela naqueles que se acham vitalmente ligados com a RV 30 1 Fonte de poder e amor. Cristo é o grande depositário da justificadora justiça e da graça santificante. RV 30 2 Todos a Ele podem ir e receber Sua plenitude. Diz Ele: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei". Mateus 11:28. Então, por que não lançar de lado toda a incredulidade e atentar para as palavras de Jesus? Queremos descanso; anelamos a paz. Devemos, então, dizer de coração: "Senhor Jesus, eu venho, porque me fizeste este convite." Creiamos nEle, com fé inabalável, e Ele nos salvará. Temos olhado para Jesus, que é autor e consumador de nossa fé? Temos contemplado Aquele que é pleno de verdade e graça? Aceitamos a paz que só Cristo pode dar? Se não, está no tempo de nos entregarmos a Ele, e pela Sua graça buscarmos um caráter que seja nobre e elevado. Almejemos um espírito constante, resoluto, alegre. Temos que nos alimentar de Cristo, que é o pão da vida e, finalmente, manifestar a Sua amabilidade de caráter e espírito. -- Mensagens Escolhidas 1:389-398. ------------------------Capítulo 4 -- Deus também tem regras RV 31 1 Nossa especial responsabilidade -- Como supremo Soberano do Universo, Deus ordenou leis para o governo não só de todos os seres vivos, mas de todas as operações da natureza. Todas as coisas, quer grandes quer pequenas, animadas ou inanimadas, acham-se sujeitas a leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Não há exceções a essa regra; pois coisa alguma feita pela mão divina, foi esquecida pela mente divina. Mas se bem que tudo na natureza seja governado pela lei natural, apenas o ser humano, como ser inteligente, capaz de compreender suas reivindicações, é responsável à lei moral. Ao ser humano unicamente, a coroa de Sua criação, deu Deus uma consciência, para reconhecer as sagradas reivindicações da lei divina, e deu-lhe um coração capaz de amá-la como santa, justa e boa que é; e do ser humano é requerida pronta e perfeita obediência. Mas Deus não o obriga a obedecer; deixa-o como livre agente moral. RV 31 2 Poucos, apenas, compreendem o assunto da responsabilidade pessoal do ser humano; e no entanto é questão de maior importância. Podemos, cada qual, obedecer e viver, ou podemos transgredir a lei de Deus, desafiar-Lhe a autoridade, e receber a punição devida. Vem, pois, a toda pessoa, com força, a questão: Deverei obedecer à voz do Céu, aos dez mandamentos proferidos do Sinai, ou seguirei a multidão que despreza essa lei eterna? Aos que amam a Deus será o mais alto deleite obedecer a Seus mandamentos, e fazer as coisas que Lhe agradam. Mas o coração natural aborrece a lei de Deus, e guerreia contra suas santas reivindicações. As pessoas cerram o coração à luz divina, recusando-se a andar nela, ao brilhar sobre elas. Sacrificam a pureza de coração, o favor de Deus e sua esperança do Céu, pela egoísta satisfação do ganho profano. RV 31 3 Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita". Salmos 19:7. Quão maravilhosa em sua simplicidade, sua amplidão e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve que facilmente podemos decorar cada um de seus preceitos, mas tão vasta que exprime toda a vontade de Deus, e toma conhecimento, não só das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração. Não podem fazer isso as leis humanas. Só podem tratar das ações exteriores. Pode alguém ser transgressor, e no entanto esconder dos olhos humanos os seus maus atos; pode ele ser criminoso -- ladrão, assassino ou adúltero -- mas enquanto não for descoberto, não o pode a lei condenar como culpado. A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. E essas emoções pecaminosas serão tomadas em conta no dia em que "Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más". Eclesiastes 12:14. RV 32 1 Obediência traz felicidade -- A lei de Deus é simples e fácil de se compreender. Há pessoas que se gabam orgulhosamente de só crer naquilo que compreendem, esquecidos de que há mistérios na vida humana e na manifestação do poder de Deus nas obras da natureza -- mistérios que a mais profunda filosofia, as mais extensas pesquisas, são incapazes de explicar. Mas não existe mistério na lei de Deus. Todos podem compreender as grandes verdades que ela encerra. A mente mais fraca pode aprender essas regras; o mais ignorante pode reger a vida, e formar o caráter, de acordo com a norma divina. Se os filhos dos homens, segundo o melhor de sua habilidade, obedecessem a essa lei, adquiririam força mental e poder de discernimento para compreender ainda mais dos propósitos e planos de Deus. E esse progresso seria contínuo, não apenas durante a vida presente, mas através dos séculos eternos; pois, por muito que avancemos no conhecimento da sabedoria e poder de Deus, sempre há um infinito além. RV 32 2 A lei divina requer que amemos a Deus supremamente e ao nosso próximo como a nós mesmos. Sem o exercício desse amor, a mais alta profissão de fé é mera hipocrisia. [...] RV 32 3 É necessária a obediência à lei, não só para nossa salvação, mas para a felicidade nossa e de todos aqueles com quem nos relacionamos. "Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço" (Salmos 119:165), diz a Palavra inspirada. Todavia homens finitos apresentam ao povo essa lei santa, justa e boa, essa lei da liberdade, que o próprio Criador adaptou às necessidades humanas, como um jugo de servidão, jugo que pessoa alguma é capaz de suportar. É, porém, o pecador que considera a lei como jugo penoso; é o transgressor que não vê beleza em seus preceitos. Pois a mente carnal "não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser". Romanos 8:7. [...] RV 32 4 Muito além dos "nãos" -- Vivemos numa época de grande impiedade. Multidões se acham escravizadas por costumes pecaminosos e hábitos maus, e os grilhões que as prendem são difíceis de romper. A iniquidade, qual inundação, cobre a Terra. Crimes quase terríveis demais para serem mencionados, são de ocorrência diária. E até aqueles que professam ser vigias nos muros de Sião nos ensinam que a lei se destinava aos judeus tão somente, e tornou-se ultrapassada com os gloriosos privilégios que introduziram a dispensação evangélica. Não haverá uma relação entre a dominante ilegalidade e crime, e o fato de que pastores e povo mantêm e ensinam que a lei já não está em vigência? RV 33 1 O poder de condenação da lei de Deus estende-se não só às coisas que praticamos, mas às coisas que deixamos de praticar. Não nos devemos justificar ao omitirmos a prática das coisas que Deus requer. Devemos não só cessar de fazer o mal, mas também aprender a fazer o bem. Concedeu-nos Deus faculdades que devem ser exercitadas em boas obras; e se essas faculdades não forem postas em uso, certamente seremos considerados servos maus e negligentes. Podemos não ter cometido pecados graves; essas ofensas podem não estar registradas contra nós no livro de Deus; mas o fato de que nossos atos não estão registrados como puros, bons, elevados e nobres, demonstrando que não usamos os talentos que nos foram confiados, isso nos coloca sob condenação. RV 33 2 A lei de Deus existiu antes de ter sido criado o ser humano. Adaptava- se às condições de seres santos; mesmo os anjos eram por ela governados. Depois da queda, não foram alterados os princípios de justiça. Coisa alguma foi tirada da lei; nem um único de seus santos preceitos era susceptível de ser aperfeiçoado. E como existiu desde o princípio, assim continuará a existir através dos séculos eternos. "Acerca dos Teus testemunhos", diz o salmista, "soube, desde a antiguidade, que Tu os fundaste para sempre". Salmos 119:152. -- Mensagens Escolhidas 1:216-220. ------------------------Capítulo 5 -- O equilíbrio entre fé e obras RV 34 1 Um vivo testemunho -- "Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que Se torna galardoador dos que O buscam". Hebreus 11:6. No mundo cristão há muitos que alegam que tudo quanto é necessário para a salvação é ter fé; as obras não são nada; a única coisa essencial é a fé. Mas a Palavra de Deus nos diz que a fé, se não tiver obras, por si só está morta. RV 34 2 Muitos recusam obedecer aos mandamentos de Deus; dão, porém, muita importância à fé. Mas a fé precisa ter um fundamento. Todas as promessas de Deus são feitas sob condições. Se fazemos Sua vontade, se andamos na verdade, então podemos pedir o que quisermos, e nos será feito. Enquanto procurarmos diligentemente ser obedientes, Deus ouvirá nossas petições; mas Ele não nos abençoará na desobediência. Se resolvemos desobedecer a Seus mandamentos, podemos exclamar: "Fé, fé, basta ter fé!", e a segura Palavra de Deus dará a resposta: "A fé sem as obras é morta". Tiago 2:20. Semelhante fé será apenas como o bronze que soa e como o címbalo que retine. RV 34 3 A fim de receber os benefícios da graça de Deus precisamos fazer a nossa parte; precisamos labutar fielmente e produzir frutos dignos do arrependimento. Somos cooperadores de Deus. Não devemos sentar indolentemente, aguardando uma grande ocasião para realizar importante obra para o Mestre. Não devemos negligenciar o dever que se acha diretamente em nosso caminho, mas aproveitar as pequenas oportunidades que surgem ao nosso redor. Temos que realizar o máximo com as menores oportunidades da vida, utilizando fielmente as habilidades que nos foram confiadas para realizar a obra de Deus. Mesmo tendo pouco, deveríamos agir com sabedoria para conseguir muito. Nossa fidelidade ficará registrada no Céu. RV 34 4 Não temos que esperar até que o caminho seja amaciado, mas empenhar-nos na obra para aumentar os talentos que nos foram confiados. Também não devemos ficar preocupados com o que o mundo irá pensar a nosso respeito. Que nossas palavras, espírito e ações, sejam um testemunho vivo a respeito de Jesus, e o Senhor irá fazer com que esse testemunho seja para a Sua glória, através de um vida bem ordenada e santa conversação, crescendo em poder e intensidade. Ainda que resultados jamais sejam vistos na Terra, as ações não passarão despercebidas diante de Deus e dos anjos. RV 35 1 Qual é a minha parte? -- Devemos fazer tudo que pudermos, de nossa parte, para combater o bom combate da fé. Devemos lutar, labutar e esforçar-nos por entrar pela porta estreita. Sempre devemos pôr o Senhor diante de nós. Com mãos limpas e coração puro temos de procurar honrar a Deus em todos os nossos caminhos. Foi-nos provido auxílio nAquele que é poderoso para salvar. O Espírito de verdade e luz nos vivificará e renovará por Suas misteriosas atuações; pois todo o nosso progresso espiritual vem de Deus, e não de nós mesmos. O verdadeiro obreiro terá poder divino para ajudá-lo, mas o ocioso não será sustentado pelo Espírito de Deus. RV 35 2 Em certo sentido somos deixados na dependência de nossas próprias energias; devemos procurar diligentemente ser zelosos e arrepender-nos, limpar as mãos e purificar o coração de toda contaminação; devemos alcançar a norma mais elevada, crendo que Deus nos ajudará em nossos esforços. Precisamos buscar, se queremos achar, e buscar com fé; temos de bater, para que nos seja aberta a porta. A Bíblia ensina que tudo quanto se relaciona com nossa salvação depende de nossa conduta. Se perecermos, a responsabilidade recairá inteiramente sobre nós mesmos. Tendo sido feita a provisão e se aceitarmos as condições de Deus, podemos tomar posse da vida eterna. Temos de ir a Cristo com fé, temos de ser diligentes e confirmar a nossa vocação e eleição. RV 35 3 Uma fé indolente? -- O perdão do pecado é prometido àquele que se arrepende e crê; a coroa da vida será a recompensa daquele que for fiel até o fim. Podemos crescer na graça aproveitando a graça que já temos. Devemos manter-nos incontaminados do mundo se quisermos ser achados irrepreensíveis no dia de Deus. A fé e as obras andam de mãos dadas; elas atuam harmoniosamente na obra de vencer. As obras sem fé são mortas, e a fé sem obras é inoperante. As obras nunca nos salvarão; é o mérito de Cristo que será eficaz em nosso favor. Mediante a fé nEle, Cristo tornará todos os nossos esforços imperfeitos aceitáveis a Deus. A fé que precisamos ter não é uma fé indolente; a fé que salva é aquela que opera pelo amor e purifica o ser. Quem quer levantar a Deus mãos santas, sem ira e sem rancor, andará inteligentemente no caminho dos mandamentos de Deus. RV 35 4 Para termos perdão de nossos pecados, precisamos ter primeiro uma compreensão do que é o pecado, a fim de que possamos arrepender-nos e produzir frutos dignos do arrependimento. Temos de ter um sólido fundamento para a nossa fé; ela deve estar baseada na Palavra de Deus, e seus resultados serão vistos na obediência à expressa vontade de Deus. Diz o apóstolo: "Sem a [santidade] ninguém verá o Senhor". Hebreus 12:14. RV 36 1 Equilibrada -- A fé e as obras nos manterão equilibrados e nos tornarão bem-sucedidos na obra de aperfeiçoar o caráter cristão. Jesus declara: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus". Mateus 7:21. Falando do alimento temporal, disse o apóstolo: "Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma". 2 Tessalonicenses 3:10. A mesma regra se aplica a nossa nutrição espiritual; se alguém quer ter o pão da vida eterna, faça esforços para obtê-lo. RV 36 2 Estamos vivendo num importante e interessante período da história terrestre. Necessitamos de mais fé do que tivemos até agora; necessitamos de mais firme apego ao alto. Satanás está trabalhando com todo o poder para obter a vitória sobre nós, pois sabe que tem pouco tempo para trabalhar. Paulo desenvolvia sua salvação com temor e tremor (Filipenses 2:12) e não devemos temer que, sendo-nos deixada a promessa, suceda parecer que algum de nós tenha falhado e demonstremos ser indignos da vida eterna? Devemos vigiar em oração, fazendo desmedido esforço para entrar pela porta estreita. RV 36 3 Não há desculpa para o pecado ou para a indolência. Jesus vai à frente e quer que sigamos os Seus passos. Ele sofreu, Ele Se sacrificou como nenhum de nós pode fazê-lo, para que pudesse colocar a salvação ao nosso alcance. Não precisamos ficar desalentados. Jesus veio a nosso mundo trazer poder divino à humanidade, para que por meio de Sua graça possamos ser transformados à Sua semelhança. RV 36 4 O meu melhor, e o que mais? -- Se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita essa disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência com Seu mérito divino. Ele não aceitará os que alegam ter fé nEle e no entanto são desleais aos mandamentos de Seu Pai. RV 36 5 Muito ouvimos acerca de fé, mas precisamos ouvir muito mais acerca de obras. Muitos estão enganando a si mesmos, vivendo uma religião fácil, acomodatícia, sem cruz. Mas diz Jesus: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me". Mateus 16:24. -- The Signs of the Times, 16 de Junho de 1890. RV 37 1 Dois Remos -- Se formos fiéis no cumprimento da parte que nos toca, cooperando com Ele, Deus operará por nosso intermédio [para executar] a Sua vontade. Mas Ele não poderá operar por nosso intermédio, se não fizermos nenhum esforço. Se temos de alcançar a vida eterna, precisamos trabalhar, e trabalhar fervorosamente. [...] Não nos permitamos ser enganados pela afirmação constantemente repetida: "Tudo o que temos a fazer é crer." Fé e obras são dois remos que precisam ser usados com igualdade, se esperamos progredir contra a corrente de incredulidade. "A fé, se não tiver obras, por si só está morta". Tiago 2:17. O cristão é alguém de pensamento e de ação. Sua fé fixa suas raízes firmemente em Cristo. Pela fé e boas obras ele mantém sua espiritualidade forte e saudável, e sua força espiritual cresce ao procurar ele praticar as obras de Deus. -- The Review and Herald, 11 de Junho de 1901. RV 37 2 Uma mensagem equilibrada -- Sejam meus irmãos muito cuidadosos em como apresentam ao povo o assunto da fé e das obras, para que as pessoas não fiquem confundidas. [...] RV 37 3 Que ninguém apresente a ideia de que o ser humano pouco ou nada tem que fazer na grande obra de vencer; pois Deus nada faz para o ser humano sem a sua cooperação. Nem digamos que, depois de haver feito tudo que de nossa parte seja possível, Jesus nos ajudará. Disse Cristo: "Sem Mim nada podeis fazer". João 15:5. De princípio a fim deve a pessoa ser coobreira de Deus. A menos que o Espírito Santo opere no coração humano, a cada passo tropeçaremos e cairemos. Os esforços humanos, de forma independente, são nada mais que nulidade; mas a cooperação com Cristo significa vitória. [...] RV 37 4 Não deixemos jamais em nossa mente a impressão de que pouco ou nada haja que fazer da parte do ser humano; ensinemos antes este a cooperar com Deus, que assim poderá ter êxito em vencer. RV 37 5 Que ninguém diga que nossas obras nada têm que ver com nossa categoria e posição diante de Deus. No juízo, a sentença pronunciada será de acordo com o que tenha sido feito ou deixado de fazer. Mateus 25:34-40. RV 37 6 Esforço e trabalho são necessários da parte do recebedor da graça de Deus; pois é o fruto o que torna manifesto qual a espécie da árvore. Embora as boas obras humanas, sem a fé em Jesus, não sejam de mais valor do que foi a oferta de Caim, contudo, cobertas com o mérito de Cristo, testificam da dignidade do que as pratica, de herdar a vida eterna. Aquilo que no mundo é considerado moralidade, não alcança a norma divina e não tem mais mérito diante do Céu do que teve a oferta de Caim. -- Mensagens Escolhidas 1:379-382. ------------------------Capítulo 6 -- Salvo unicamente "em Cristo" RV 38 1 Ele me salvará agora -- Pode dizer o pecador, a perecer: "Sou um pecador perdido; mas Cristo veio buscar e salvar o que se havia perdido. Diz Ele: 'Não vim chamar justos, e sim pecadores'. Marcos 2:17. Sou pecador, e Ele morreu na cruz do Calvário para me salvar. Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora. Aceito o perdão que prometeu". -- Mensagens Escolhidas 1:392. RV 38 2 Aquele que se arrepende de seu pecado e aceita o dom da vida do Filho de Deus, não pode ser vencido. Apoderando-se, pela fé, da natureza divina, torna-se ele um filho de Deus. Ele ora, ele crê. Quando tentado e provado, suplica o poder, que Cristo morreu para conceder, e vence pela Sua graça. Isso todo pecador deve compreender. Deve arrepender- se de seu pecado, deve crer no poder de Cristo e aceitar esse poder para salvá-lo e guardá-lo do pecado. Quão gratos deveríamos ser pelo dom do exemplo de Cristo! -- Mensagens Escolhidas 1:224. RV 38 3 Por que preocupar-se? -- A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimentos, mas deve existir uma confiança constante e tranquila. Sua esperança não está em si mesmo, mas em Cristo. Sua fraqueza está ligada à Sua força; sua ignorância, à Sua sabedoria; sua fragilidade, ao Seu eterno poder. [...] RV 38 4 Não devemos fazer de nós mesmos o centro, dando lugar à ansiedade e ao medo de não sermos salvos. Tudo isso afasta o coração da fonte de nossa força. Deixe seu coração aos cuidados de Jesus, e confie nEle. Fale de Jesus; pense nEle. Que o próprio eu se perca nEle. Afaste toda dúvida; esqueça seus temores. Como o apóstolo Paulo, diga: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim". Gálatas 2:20. Descanse em Deus. Ele pode guardar aquilo que você Lhe confiou. Colocando-se em Suas mãos, Ele fará com que você seja mais do que vencedor por Aquele que o amou. -- Caminho a Cristo, 70, 72. RV 38 5 Você pode contar com -- Aquele, que pela expiação proveu ao ser humano um infinito tesouro de força moral, não deixará de empregar esse poder em nosso favor. [...] Em todo o poderio satânico não há força para vencer uma única pessoa que se rende confiante a Cristo. -- Parábolas de Jesus, 157. RV 39 1 Abundante graça foi provida para que o cristão possa manter-se livre do pecado. -- Mensagens Escolhidas 1:394. RV 39 2 NEle [Jesus] temos uma oferta completa, um infinito sacrifício, um poderoso Salvador, capaz de salvar perfeitamente todos os que por Ele se chegam a Deus. Com amor vem Ele revelar o Pai, para reconciliar com Deus o ser humano, para fazê-lo nova criatura, renovado segundo a imagem dAquele que o criou. -- Mensagens Escolhidas 1:321. RV 39 3 O problema de Pedro -- O mesmo mal que levou Pedro à queda [quando negou a Cristo no julgamento] [...] torna-se hoje a ruína de milhares. Nada é tão ofensivo a Deus nem tão perigoso para o espírito humano como o orgulho e a presunção. De todos os pecados é o que menos esperança incute, e o mais irremediável. RV 39 4 A queda de Pedro não foi repentina, mas gradual. A confiança em si mesmo induziu-o à crença de que estava salvo, e desceu passo a passo o caminho descendente até negar a Seu Mestre. Jamais podemos confiar seguramente em nós mesmos ou sentir, aquém do Céu, que estamos livres da tentação. Nunca se deve ensinar aos que aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que estão salvos.1 RV 39 5 Isso é enganoso. Deve-se ensinar cada pessoa a acariciar esperança e fé; mas, mesmo quando nos entregamos a Cristo e sabemos que Ele nos aceita, não estamos fora do alcance da tentação. A Palavra de Deus declara: "Muitos serão purificados, embranquecidos e provados". Daniel 12:10. Só aquele que "suporta, com perseverança, a provação [...] receberá a coroa da vida". Tiago 1:12. RV 39 6 Os que aceitam a Cristo e dizem em sua primeira confiança: "Estou salvo!", estão em perigo de depositar confiança em si mesmos. Perdem de vista a sua fraqueza e necessidade constante do poder divino. Estão desapercebidos para as ciladas de Satanás, e quando tentados, muitos, como Pedro, caem nas profundezas do pecado. Somos advertidos: "Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia". 1 Coríntios 10:12. Nossa única segurança está na constante desconfiança de nós mesmos e na confiança em Cristo. -- Parábolas de Jesus, 154, 155. RV 39 7 Jamais "satisfeitos" -- Há muitos que professam a Cristo, mas nunca se tornam cristãos amadurecidos. Admitem que o ser humano caiu, que suas faculdades estão enfraquecidas, que ele está incapacitado para as realizações morais, mas dizem que Cristo arcou com todo o peso, todo o sofrimento, toda a abnegação, e estão dispostos a deixar que Ele carregue tudo isso. Dizem eles que não há coisa alguma que devam fazer senão crer; Cristo, porém, disse: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me". Mateus 16:24. Jesus guardou os mandamentos de Deus. [...] RV 40 1 Jamais devemos repousar num estado de satisfação, e deixar de fazer progresso, dizendo: "Estou salvo." Se for entretida essa ideia, deixarão de existir os motivos para a vigilância, a oração e o esforço sincero em seguir para a frente, rumo de realizações mais elevadas. Nenhuma língua santificada será encontrada pronunciando essas palavras antes que venha Cristo, e entremos pelas portas da cidade de Deus. Então, com a maior propriedade, poderemos dar glória a Deus e ao Cordeiro, pelo livramento eterno. Enquanto o ser humano estiver carregado de fraquezas -- pois por si mesmo não pode se salvar -- não deveria atrever-se a dizer: "Estou salvo." RV 40 2 Não é aquele que se reveste da couraça que pode orgulhar-se da vitória, pois tem ele pela frente a batalha, e a vitória a ser alcançada. É o que persevera até o fim, que será salvo. RV 40 3 Conexão com Cristo -- suposta ou verdadeira? -- Há na igreja tanto crentes como descrentes. Cristo apresenta essas duas classes, em Sua parábola da videira e seus ramos. Exorta Ele a Seus seguidores: "Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer". João 15:4, 5. RV 40 4 Há grande diferença entre uma suposta união e uma união verdadeira com Cristo, pela fé. O professar crer na verdade põe pessoas na igreja, mas isso não prova que tenham união vital com a Videira verdadeira. É-nos dada uma regra pela qual pode ser distinguido o verdadeiro discípulo dentre aqueles que alegam seguir a Cristo mas nEle não têm fé. Aqueles produzem fruto; estes são infrutíferos. Aqueles são muitas vezes sujeitos à podadeira de Deus, para que possam produzir mais fruto; estes, como ramos murchos, estão para ser cortados da Videira viva. [...] RV 40 5 As fibras dos ramos são quase idênticas às da videira. A comunicação da vida, força e frutificação, do tronco para os ramos, é constante e sem obstáculos. A raiz envia seu alimento através dos ramos. Tal é a verdadeira relação do cristão para com Cristo. Permanece em Cristo, e dEle obtém sua nutrição. RV 40 6 Fé pessoal -- Essa relação espiritual só pode ser estabelecida pelo exercício da fé pessoal. Essa fé deve expressar suprema preferência de nossa parte, perfeita confiança, inteira consagração. Nossa vontade tem de estar completamente submetida à vontade divina, nossos sentimentos, desejos, interesses e honra, identificados com a prosperidade do reino de Cristo e a honra de Sua causa, nós constantemente dEle recebendo graça, e Cristo aceitando nossa gratidão. RV 41 1 Estabelecida essa intimidade de relação e comunhão, nossos pecados são postos sobre Cristo e Sua justiça nos é imputada. Ele foi feito pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus. Por Ele temos acesso a Deus; somos aceitos no Amado. [...] RV 41 2 Foi quando Cristo estava para Se despedir de Seus discípulos, que Ele lhes deu o lindo emblema de Sua relação com os crentes. Estivera a apresentar-lhes a íntima união com Ele, pela qual podiam manter a vida espiritual quando fosse afastada Sua presença visível. Para impressionar-lhes o espírito, apresentou-lhes a videira como seu símbolo mais notável e apropriado. [...] RV 41 3 Todos os seguidores de Cristo terão profundo interesse nessa lição, como os discípulos que ouviram pessoalmente Suas palavras. Em sua apostasia, o ser humano alienou-se de Deus. A separação é profunda e terrível, mas Cristo fez provisão para religar-nos a Ele. O poder do mal está tão identificado com a natureza humana, que ninguém pode vencê-lo, exceto pela união com Cristo. Através dessa ligação recebemos poder moral e espiritual. Se temos o Espírito de Cristo, produziremos o fruto da justiça, que abençoará aos outros e glorificará a Deus. RV 41 4 O Pai é o Viticultor. Misericordiosa e habilmente Ele limpa cada ramo frutífero. Aqueles que compartilham dos sofrimentos e vitupério de Cristo agora, participarão de Sua glória no futuro. Cristo não Se envergonha de chamá-los irmãos. Seus anjos os atendem. Em Sua segunda vinda Ele aparecerá como o Filho do homem, identificando-Se, mesmo em Sua glória, com a humanidade. Aos que se unem a Ele, Cristo diz: "Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho [...]? Eu, todavia, não Me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das Minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante Mim". Isaías 49:15, 16. RV 41 5 Podando os ramos -- Oh, que excepcionais privilégios nos são oferecidos! RV 41 6 Envidaremos nós os mais diligentes esforços para formar aliança com Cristo, através da qual somente essas bênçãos são concedidas? Apartar-nos-emos de nossos pecados pela justiça, e de nossas iniquidades, voltando-nos para o Senhor? Ceticismo e infidelidade estão disseminados. Cristo fez a pergunta: "Quando vier o Filho do homem, achará, porventura, fé na Terra?" Lucas 18:8. Precisamos alimentar uma fé viva e ativa. A permanência da fé é a condição de nossa união. RV 42 1 A união com Cristo, por meio da fé viva, é duradoura; qualquer outra união está condenada a perecer. Cristo nos escolheu primeiro, pagando por nossa redenção um preço infinito; e o verdadeiro cristão escolhe a Cristo como primeiro, e último, e melhor em todas as coisas. Essa união porém, custa-nos alguma coisa. É uma união da mais íntima dependência, da qual deverá participar um ser orgulhoso. Todos os que a formam precisam sentir sua necessidade do sangue propiciador de Cristo. Precisam experimentar a mudança do coração. Precisam submeter sua própria vontade à vontade de Deus. Haverá luta contra obstáculos externos e internos. É preciso que haja doloroso trabalho de desligamento bem como de ligamento. O orgulho, o egoísmo, a vaidade, o mundanismo -- o pecado em todas as suas formas -- precisa ser vencido, se quisermos entrar em comunhão com Cristo. A razão por que muitos acham a vida cristã tão deploravelmente difícil, por que são tão inconstantes, tão volúveis, é que procuram ligar-se a Cristo sem primeiramente se desligarem de ídolos acariciados. RV 42 2 Depois de haver sido formada a união com Cristo, só pode ser conservada por meio de fervorosa oração e incansável esforço. Devemos resistir ao próprio eu, negá-lo, vencê-lo. Mediante a graça de Cristo, pela coragem, pela fé e pela vigilância, é-nos possível obter a vitória. -- Testemunhos para a Igreja 5:228-231. ------------------------Capítulo 7 -- Cuidado com as falsificações RV 43 1 A grande prova -- "À lei e ao testemunho! se eles não falarem segundo esta Palavra, não haverá manhã para eles". Isaías 8:20. O povo de Deus é encaminhado às Santas Escrituras como a salvaguarda contra a influência dos falsos ensinadores e poder ilusório dos espíritos das trevas. Satanás emprega todo artifício possível para impedir os seres humanos de obterem conhecimento da Bíblia; pois os claros ensinos desta põem a descoberto os seus enganos. Em todo avivamento da obra de Deus o príncipe do mal está desperto para atividade mais intensa; aplica atualmente todos os seus esforços em preparar-se para a luta final contra Cristo e Seus seguidores. O último grande engano deve logo patentear-se diante de nós. O anticristo vai operar suas obras maravilhosas à nossa vista. Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro, que será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas. Pelo testemunho destas toda declaração e todo prodígio deverão ser provados. -- O Grande Conflito, 593. RV 43 2 Por que não depender apenas dos milagres? -- O homem que torna a operação de milagres a prova de sua fé verificará que Satanás pode, por meio de uma variedade de enganos, efetuar prodígios que parecerão genuínos milagres. -- Mensagens Escolhidas 2:52. RV 43 3 Satanás é um astuto trabalhador, e introduzirá falsidades sutis para obscurecer e confundir a mente e extirpar as doutrinas da salvação. Os que não aceitam literalmente a Palavra de Deus, serão apanhados em sua armadilha. -- Mensagens Escolhidas 2:52. RV 43 4 Anjos maus estão em nosso encalço a cada momento. [...] Eles ocupam novo território, e realizam maravilhas e milagres à nossa vista. [...] RV 43 5 Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de Deus. Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? Não serão muitas pessoas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, a mente de muitos se está preparando para receber esses prodígios de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo apoiado pela oração e posto em prática, serão nossa proteção contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo. -- Testemunhos para a Igreja 1:302. RV 44 1 Outra origem para as curas -- Acho-me instruída a dizer que no futuro será necessária grande vigilância. Importa que não haja nenhuma ignorância espiritual entre o povo de Deus. Espíritos maus acham-se ativamente empenhados em buscar controlar a mente de seres humanos. As pessoas estão-se atando em molhos, prontas a serem consumidas no fogo dos últimos dias. Os que rejeitam a Cristo e Sua justiça aceitarão o engano que está inundando o mundo. Os cristãos devem ser sóbrios e vigilantes, resistindo com firmeza ao adversário, o diabo, que anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Pessoas, sob a influência de espíritos maus, operarão milagres. [...] RV 44 2 Não precisamos ser enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. [2 Tessalonicenses 2:9; Apocalipse 16:14.] Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas obras de cura aparente levarão os adventistas do sétimo dia à prova. Muitos que tiveram grande luz deixarão de andar na luz, porque não se tornaram um com Cristo. -- Mensagens Escolhidas 2:53. RV 44 3 Se aqueles por quem são realizadas curas, acham-se dispostos, por causa dessas manifestações, a desculpar sua negligência da lei de Deus, e continuam em desobediência, ainda que possuam poder em qualquer e toda extensão, não se segue que possuam o grande poder de Deus. Ao contrário, é o poder operador de milagres do grande enganador. Ele é transgressor da lei moral, e emprega todo ardil que possa usar para cegar os seres humanos a seu verdadeiro caráter. Somos advertidos de que nos últimos dias ele trabalhará com sinais e prodígios de mentira. E continuará esses prodígios até o fim da graça, para que os indique como prova de que ele é um anjo de luz e não de trevas. -- Mensagens Escolhidas 2:50, 51. RV 44 4 Falso dom de línguas em 1864 -- O espírito de fanatismo tem dominado certa classe de observadores do sábado ali [na costa Leste dos Estados Unidos]; eles não têm bebido senão levemente da fonte da verdade, e não estão familiarizados com o espírito da mensagem do terceiro anjo. [...] RV 44 5 Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam dons, e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm um palavreado sem sentido a que chamam língua desconhecida, desconhecida não só aos seres humanos, mas ao Senhor e a todo o Céu. Tais dons são manufaturados por homens e mulheres ajudados pelo grande enganador. O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos têm sido considerados dons postos na igreja por Deus. Alguns têm sido iludidos a esse respeito. [...] RV 45 1 O fanatismo e o ruído têm sido considerados evidências especiais de fé. Algumas pessoas não se satisfazem com uma reunião, a menos que experimentem momentos de poder e alegria. Esforçam-se por isso, e chegam a uma confusão dos sentimentos. RV 45 2 A influência dessas reuniões, porém, não é benéfica. Ao passar o feliz entusiasmo de sentimento, essas pessoas imergem mais fundo que antes da reunião, pois sua satisfação não proveio da devida fonte. As mais proveitosas reuniões para o crescimento espiritual são as que se caracterizam pela solenidade e o profundo exame do coração, cada um procurando conhecer a si mesmo e, com sinceridade e profunda humildade, buscando aprender de Cristo. [...] RV 45 3 Há estrelas errantes que professam ser pastores enviados por Deus, os quais andam pregando o sábado de lugar em lugar, mas que têm a verdade misturada com o erro, e estão lançando ao povo a massa de seus discordantes pontos de vista. Satanás os empurrou para dentro a fim de causar desagrado aos inteligentes e cuidadosos que não são membros. Alguns desses têm muito a dizer sobre os dons, e são muitas vezes especialmente agitados. Entregam-se a sentimentos violentos e desordenados e produzem sons ininteligíveis, a que chamam o dom de línguas, e certa classe parece encantada com essas estranhas manifestações. Reina entre essa classe um espírito estranho, que destruiria e passaria por cima de quem quer que os reprovasse. O Espírito de Deus não está nessa obra e não acompanha a tais obreiros. Eles têm outro espírito. -- Testemunhos para a Igreja 1:411, 412, 414. RV 45 4 O mundo não será convertido pelo dom de línguas, ou pela realização de milagres, mas pela pregação de Cristo crucificado. -- Testemunhos para Ministros, 424. RV 45 5 Tambores, danças e ruídos -- As coisas descritas como ocorrendo em Indiana,2 o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isso será chamado operação do Espírito Santo. RV 45 6 O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal confusão e ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. [...] Uma balbúrdia de barulho fere os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças dos agentes satânicos misturam-se com o alarido e barulho, para provocar um carnaval, e isso é chamado de ação do Espírito Santo. [...] Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o que sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos. RV 46 1 Corpos descontrolados -- Nenhum apoio deve ser dado a tal espécie de culto. A mesma influência se introduziu depois da passagem do tempo em 1844. Fizeram-se as mesmas representações. As pessoas ficavam exaltadas, e eram conduzidas por um poder que pensavam ser o poder de Deus. Elas giravam seus corpos seguidamente, como se fossem as rodas de uma carroça, e clamavam o tempo todo que não conseguiriam fazer isso se não possuíssem poder sobrenatural. Havia também a crença de que os mortos eram ressuscitados e levados para o Céu. O Senhor me deu uma mensagem acerca desse fanatismo, o qual estava manchando os belos princípios da verdade bíblica. RV 46 2 Nudez -- Homens e mulheres, que supunham ser guiados pelo Espírito Santo, realizavam reuniões em estado de nudez. Falavam acerca de carne santa. Diziam viver além do poder da tentação, cantavam, gritavam e faziam todo tipo de demonstrações ruidosas. Tais homens e mulheres não eram maus, mas estavam enganados, iludidos. [...] Satanás estava moldando a obra, e a sensualidade era o resultado imediato. Assim a causa de Deus foi desonrada. E a verdade, a sagrada verdade, nivelada ao pó, por agentes humanos. RV 46 3 As autoridades civis interferiram, e alguns dos líderes foram presos. Mas esses consideraram essa ingerência como uma perseguição à verdade, a qual ficou maculada pelo comportamento carnal. [...] Eu apresentei a reprovação divina em relação a esse tipo de procedimento, mostrando que sua influência estava tornando a verdade motivo de crítica e repugnância pela comunidade. [...] RV 46 4 Dei meu testemunho, afirmando que esses movimentos fanáticos, essa algazarra e ruído, eram inspirados pelo espírito de Satanás, que operava milagres para enganar se possível os próprios eleitos. -- Carta 132, 1900. RV 46 5 Confusão -- Precisamos estar atentos e manter íntima ligação com Cristo, para não sermos enganados pelos ardis de Satanás. O Senhor deseja manter em Seu serviço ordem e disciplina, não agitação e confusão. -- Mensagens Escolhidas 2:35. RV 46 6 Gritos, choro e movimentação estranha não são evidências de que o Espírito de Deus está atuando. -- The Review and Herald, 5 de Março de 1889. RV 47 1 Ordem versus impressões e sentimentos -- Há muitas pessoas desassossegadas que não se submeterão à disciplina, ao sistema e à ordem. Julgam que sua liberdade seria restringida, caso tivessem de pôr de parte o juízo próprio e submeterem-se ao das pessoas de mais experiência. Não haverá progresso na obra de Deus, a menos que haja disposição para se submeterem à ordem, e expelirem de suas reuniões o espírito negligente e desordenado de fanatismo. RV 47 2 As impressões e os sentimentos não são seguras provas de que uma pessoa esteja sendo dirigida pelo Senhor. Se não estivermos apercebidos, Satanás promoverá sentimentos e impressões. Esses não são guias seguros. Todos se devem familiarizar plenamente com as provas de nossa fé, e a grande preocupação deve ser adornarem sua profissão de fé, e produzirem frutos para glória de Deus. -- Testemunhos para a Igreja 1:413. RV 47 3 Escravos de Satanás -- Por todo lado, busca Satanás seduzir os jovens para o caminho da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés nessa direção, incita-os avante em sua carreira descendente, conduzindo-os de uma a outra dissipação, até que suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus. Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituadas ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do ópio, e vão de um a outro estágio de desonra. São escravos do apetite. O conselho que uma vez respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude jactanciosa, e gabam-se de liberdade quando se acham servos da corrupção. Têm por liberdade o serem escravos do apetite e da licenciosidade egoístas e baixos. -- Temperança, 274. RV 47 4 "Inspirados" pelas drogas -- Por algum tempo ele [um paciente do Sanatório de Battle Creek] pensara que estava recebendo nova iluminação. Estava muito doente, devendo morrer em breve. [...] Aqueles a quem ele apresentava seus pontos de vista os escutavam ansiosamente, e alguns o consideravam inspirado. [...] Para muitos esse raciocínio parecia perfeito. Falavam de sua poderosa exortação no quarto de doente. As mais maravilhosas cenas passavam diante dele. Mas qual era a fonte de sua inspiração? Era a morfina a ele dada para aliviar-lhe a dor. -- Mensagens Escolhidas 2:113. RV 47 5 Panteísmo, espiritualismo e amor livre -- A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a natureza é um dos mais sutis artifícios de Satanás. Representa falsamente a Deus e é uma desonra para Sua grandeza e majestade. As teorias panteístas não são apoiadas pela Palavra de Deus. [...] Satisfazem o coração natural, e favorecem a inclinação. -- Testemunhos para a Igreja 8:291. RV 48 1 A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a natureza é aceita por muitos que professam crer nas Escrituras; mas, se bem que revestida de belas roupagens, essa teoria é perigosíssimo engano. Ela representa falsamente a Deus, sendo uma desonra para Sua grandeza e majestade. E tende por certo não somente a extraviar como a rebaixar os seres humanos. As trevas são o seu elemento, a sensualidade a sua esfera. [...] Seguidas até sua conclusão lógica, essas teorias assolam toda a dispensação cristã. Removem a necessidade da expiação, tornando o ser humano seu próprio salvador. -- A Ciência do Bom Viver, 428. RV 48 2 Vi as consequências desses fantasiosos pontos de vista acerca de Deus, na apostasia, espiritualismo e amor livre. A tendência para o amor livre, que esses ensinos encerram, estava tão disfarçada que, a princípio, era difícil tornar claro o seu verdadeiro caráter. Até que o Senhor mo apresentou, eu não sabia como denominá-lo, mas fui instruída a chamá-lo amor espiritual não santificado. -- Testemunhos para a Igreja 8:292. RV 48 3 Como nos dias dos apóstolos as pessoas procuravam destruir a fé nas Escrituras pelas tradições e filosofias, assim hoje, pelos aprazíveis sentimentos da "alta crítica", evolução, espiritualismo, teosofia e panteísmo, o inimigo da justiça está procurando levar as pessoas para caminhos proibidos. [...] Pelo espiritualismo, multidões são ensinadas a crer que o desejo é a mais alta lei, que licenciosidade é liberdade, e que o ser humano deve prestar contas apenas a si mesmo. -- Atos dos Apóstolos, 474. RV 48 4 Conduta irracional -- A santificação não é um feliz êxtase dos sentimentos, nem é obra de um instante, mas da vida toda. Se alguém afirma que o Senhor o santificou, tornando-o santo, a prova de sua pretensão à bênção será vista nos frutos de mansidão, paciência, longanimidade, veracidade e amor. RV 48 5 Se a bênção que receberam os que alegam ser santificados os leva a confiar em alguma emoção especial, e declaram não haver necessidade de examinar as Escrituras para saberem a revelada vontade de Deus, então a suposta bênção é falsa, pois leva seu possuidor a dar valor a suas próprias emoções e fantasias não santificadas, e fechar os ouvidos à voz de Deus em Sua Palavra. [...] RV 48 6 Excitamento nervoso, em questões de religião, não é evidência da atuação do Espírito Santo na vida de uma pessoa. Temos lido a respeito de contorções do corpo em delírio, gritos agudos e estranhos na obra de Satanás, afetando o corpo e a mente das pessoas, mas a obra de Deus não contempla nenhum exemplo desse tipo de manifestação, como resultado do derramamento do Espírito. É claro que semblantes transtornados, explosões de ira e contorções estranhas do corpo são manifestações do inimigo. RV 49 1 O pior é que alguns pensam que desordens mentais, as quais são intensificadas pelo poder de Satanás, representem alguma garantia de que Deus esteja fazendo essas pessoas incautas agirem de forma tão esquisita. Em termos gerais, o tom e espírito da mensagem bíblica é de condenação às pessoas que não agem de modo racional e compreensível. Quando o Espírito Santo influencia o coração de alguém, isso resulta em um filho de Deus mais obediente e fiel, capaz de agir de forma que recomenda a religião diante de pessoas sensíveis e ponderadas. -- The Signs of the Times, 28 de Fevereiro de 1895. RV 49 2 Fingimento -- Disse Cristo: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-Me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade". Mateus 7:21-23. RV 49 3 Essas pessoas podem até se dizer seguidoras de Cristo, mas elas estão muito distantes do seu Líder. Podem clamar: "Senhor, Senhor", ou apontar para doentes que foram curados através delas, ou outros milagres, e até reivindicar que manifestam mais do Espírito e poder de Deus do que os guardadores da lei. Entretanto suas obras são realizadas sob supervisão do inimigo da justiça, cujo objetivo é enganar as pessoas e afastá-las da obediência, da verdade e do dever. RV 49 4 No futuro próximo haverá ainda mais intensas manifestações desse poder operador de maravilhas, a respeito do qual foi dito: "também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à Terra, diante dos homens". Apocalipse 13:13. RV 49 5 É surpreendente notar quantas pessoas estão dispostas a aceitar essas pretensões como a genuína obra do Espírito de Deus, entretanto quem focaliza basicamente o espetáculo causado por essas ações, e é guiado pelo impulso ou impressão, vai ser enganado mesmo. [...] RV 49 6 Pretensões de santidade -- Ninguém que pretenda ser santo é realmente santo. Aqueles que estão registrados como santos nos livros do Céu não se apercebem desse fato e são os últimos a proclamar a própria bondade. Nenhum dos profetas ou apóstolos jamais professou santidade, nem mesmo Daniel, Paulo ou João. Os justos não fazem esse tipo de reivindicação. RV 49 7 Quanto mais se aproximam de Cristo, mais lamentam suas imperfeições em comparação com Ele, pois sua consciência se torna mais sensível, e percebem melhor o pecado, assim como Deus o percebe. Essas pessoas desenvolvem uma visão aguçada de Deus e do grande plano da salvação, seu coração se torna mais humilde, à medida que fica evidente sua indignidade, e seu objetivo é viver de modo a honrar o privilégio de serem contados como membros da família celestial, filhos e filhas do Rei eterno. RV 50 1 Os que amam a lei de Deus não conseguem se harmonizar, em termos de adoração ou espírito, com os resolutos transgressores da lei, aqueles que ficam tomados de amargura ou malícia sempre que as claras verdades da Bíblia são ensinadas. Nós temos um detector que claramente distingue entre o falso e o verdadeiro. "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva". Isaías 8:20. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1885. RV 50 2 Em que voz posso confiar? -- Necessitamos estar ancorados em Cristo, arraigados e fundados na fé. Satanás opera mediante agentes. Escolhe aqueles que não têm estado a beber das águas vivas, cuja mente está sedenta de novidades e coisas estranhas, e que estão sempre prontos a beber de qualquer fonte que se apresente. Ouvir-se-ão vozes dizendo: "Eis que o Cristo está aqui", ou "Eis que está ali"; não os devemos crer, porém. Temos inequívocas evidências da voz do Pastor verdadeiro, e Ele está nos chamando a segui-Lo. Ele diz: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai". João 15:10. Conduz Suas ovelhas em humilde obediência à lei de Deus, mas nunca as anima na transgressão dessa lei. RV 50 3 "A voz dos estranhos" (João 10:5) é a voz de alguém que nem respeita nem obedece à santa, justa e boa lei de Deus. Muitos têm grandes pretensões à santidade, e gabam-se das maravilhas que operam curando os doentes, quando não consideram essa grande norma de justiça. Mas pelo poder de quem são essas curas efetuadas? Acham-se os olhos de ambas as partes abertos a suas transgressões da lei? e tomam eles sua posição como filhos humildes, obedientes, prontos a obedecer a todas as reivindicações de Deus? [...] RV 50 4 Ninguém precisa ser enganado. A lei de Deus é tão sagrada como Seu trono, e por ela será julgado todo homem que vem ao mundo. Não há outra norma pela qual provar o caráter. "Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva". Isaías 8:20. Ora, será o caso resolvido segundo a Palavra de Deus, ou hão de as pretensões humanas receber crédito? Cristo diz: "Pelos seus frutos os conhecereis". Mateus 7:20. -- Mensagens Escolhidas 2:50. ------------------------Capítulo 8 -- A luta continua RV 51 1 O que foi causado pelo pecado -- Necessitamos entender mais claramente o que está em jogo no grande conflito em que nos achamos empenhados. Precisamos compreender com mais plenitude o valor das verdades da Palavra de Deus, e o perigo de permitir que nosso espírito seja delas desviado pelo grande enganador. RV 51 2 O infinito valor do sacrifício requerido para nossa redenção revela que o pecado é um tremendo mal. Pelo pecado, perturba-se todo o organismo humano, a mente é pervertida, corrompida a imaginação. O pecado tem degradado as faculdades do ser humano. As tentações exteriores encontram eco no coração, e os pés se volvem imperceptivelmente para o mal. RV 51 3 Como foi completo o sacrifício feito em nosso favor, assim deve ser a nossa restauração do aviltamento do pecado. Nenhum ato de impiedade será desculpado pela lei de Deus; injustiça alguma lhe pode escapar à condenação. A ética do evangelho não reconhece nenhuma norma senão a perfeição do caráter divino. [...] RV 51 4 Perseverança -- Não se podem endireitar os erros, nem operar reformas na conduta mediante alguns fracos e intermitentes esforços. A formação do caráter não é obra de um dia, nem de um ano, mas de uma existência. A luta pela conquista do eu, pela santidade e o Céu, é uma luta que se prolonga por toda a vida. Sem contínuo esforço e atividade constante, não pode haver progresso nem ganho da coroa da vitória. RV 51 5 A mais vigorosa prova da queda do homem de uma mais elevada condição é o quanto lhe custa retroceder. O caminho de volta só pode ser conquistado por meio de renhida luta, palmo a palmo, hora a hora. Num momento, por uma ação precipitada, impensada, podemos lançar-nos sob o poder do mal; requer, porém, mais que um momento o quebrar as cadeias e atingir a uma vida mais santa. Pode-se formar o desígnio, começar a obra; sua realização, porém, requererá fadiga, tempo, perseverança, paciência e sacrifício. RV 51 6 Não nos podemos permitir agir por impulso. Não podemos estar despercebidos nem por um momento. Assaltados por inúmeras tentações, devemos resistir firmes, ou seremos vencidos. Se chegássemos ao fim da vida com nossa obra por fazer, isso importaria em perda eterna. RV 51 7 A vida do apóstolo Paulo foi um constante conflito com o próprio eu. Ele disse: "Dia após dia, morro". 1 Coríntios 15:31. Sua vontade e seus desejos lutavam cada dia com o dever e a vontade de Deus. Em vez de seguir a inclinação, ele fazia a vontade de Deus, embora crucificando a própria natureza. RV 52 1 Ao fim de sua vida de conflito, olhando para trás, às lutas e triunfos da mesma, pôde dizer: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto Juiz, me dará naquele dia". 2 Timóteo 4:7, 8. RV 52 2 A vida cristã é uma batalha e uma marcha. Nessa guerra não há trégua; o esforço deve ser contínuo e perseverante. É assim fazendo que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. A integridade cristã deve ser buscada com irresistível energia, e mantida com resoluta definição de propósito. RV 52 3 Ninguém será levado para o alto sem árduo e perseverante esforço. Todos têm de se empenhar nessa luta; nenhuma outra pessoa pode combater os nossos combates. [...] RV 52 4 A ciência a ser dominada -- Há uma ciência do cristianismo a ser dominada -- ciência tão mais profunda, vasta e alta que qualquer ciência humana, como os céus são mais elevados do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois nos cumpre fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com nossa inclinação inata. As tendências hereditárias e cultivadas para o mal devem ser vencidas. Muitas vezes, a educação e as práticas de toda uma existência devem ser rejeitadas para que a pessoa se possa tornar um aprendiz na escola de Cristo. Nosso coração deve ser educado em se firmar em Deus. Cumpre-nos formar hábitos de pensamento que nos habilitem a resistir à tentação. Devemos aprender a olhar para cima. Os princípios da Palavra de Deus -- princípios tão elevados como o céu e que abrangem a eternidade -- cumpre-nos compreendê-los em sua relação para com a nossa vida diária. Cada ato, cada palavra, cada pensamento deve estar de acordo com esses princípios. Tudo deve ser posto em harmonia com Cristo, e a Ele sujeito. RV 52 5 As preciosas graças do Espírito Santo não se desenvolvem num momento. Ânimo, fortaleza, mansidão, fé e inabalável confiança no poder de Deus para salvar são adquiridos mediante a experiência de anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego ao direito, devem os filhos de Deus selar seu destino. RV 52 6 Não há tempo a perder -- Não temos tempo a perder. Não sabemos quão rapidamente nosso tempo de graça pode se encerrar. Quando muito, não teremos senão o curto intervalo de uma existência aqui, e não sabemos quão breve a seta da morte pode nos ferir o coração. Não sabemos quão pronto seremos chamados a abandonar o mundo e todos os seus interesses. Estende-se diante de nós a eternidade. A cortina está a ponto de se erguer. Uns poucos anos apenas, e para todos os que ora são contados entre os vivos, sairá o decreto: "Quem é injusto faça injustiça ainda; [...] e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda". Apocalipse 22:11. RV 53 1 Estamos nós preparados? Conhecemos a Deus, o Governador do Céu, o Legislador, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou ao mundo como Seu representante? Quando a obra de nossa vida terminar, estaremos aptos a dizer, como Cristo, nosso exemplo: "Eu Te glorifiquei na Terra, consumando a obra que Me confiaste para fazer; manifestei o Teu nome"? João 17:4, 6. RV 53 2 Os anjos de Deus nos estão procurando atrair de nós mesmos e das coisas terrenas. Não os façamos trabalhar em vão. RV 53 3 As mentes que têm liberado as rédeas do pensamento precisam mudar. "Cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo". 1 Pedro 1:13-16. RV 53 4 Os pensamentos devem se concentrar em Deus. Devemos exercer diligente esforço para vencer as más tendências do coração natural. Nossos esforços, nossa abnegação e perseverança devem ser proporcionais ao infinito valor do objetivo que perseguimos. Unicamente vencendo como Cristo venceu, havemos de alcançar a coroa da vida. RV 53 5 Constante dependência -- O maior perigo do ser humano está em enganar a si mesmo, em condescender com a presunção, separando-se assim de Deus, a fonte de sua força. A menos que sejam corrigidas pelo Santo Espírito de Deus, nossas tendências naturais encerram em si mesmas os germes da morte. A menos que nos ponhamos em uma ligação vital com Deus, não podemos resistir aos profanos efeitos da satisfação própria, do amor a nós mesmos e da tentação para pecar. RV 53 6 Para que possamos receber auxílio de Cristo, devemos compreender nossa necessidade. Temos que conhecer-nos verdadeiramente. Unicamente ao que se reconhece pecador, pode Cristo salvar. Só quando vemos nosso inteiro desamparo e renunciamos a toda confiança própria, lançaremos mão do poder divino. RV 53 7 Não é apenas no início da vida cristã que se deve fazer essa renúncia. A cada passo de avanço em direção ao Céu, ela deve ser renovada. Todas as nossas boas obras são dependentes de um poder fora de nós; deve haver portanto um constante anelo do coração para Deus, uma contínua e fervorosa confissão de pecado e humilhação perante Ele. Cercam-nos perigos; e só estamos a salvo quando sentimos nossa fraqueza, e nos apegamos com a segurança da fé ao nosso poderoso Libertador. RV 54 1 Verdade ou trivialidade -- Devemos desviar-nos de mil assuntos que nos convidam a atenção. Há assuntos que nos consomem tempo e suscitam indagações, mas acabam em nada. Os mais elevados interesses exigem a acurada atenção e a energia que são tantas vezes dispensadas a coisas relativamente insignificantes. RV 54 2 O aceitar teorias novas não traz em si nova vida. Mesmo o relacionar-se com fatos e teorias importantes é de pouco valor a não ser que sejam postos em uso prático. Precisamos sentir nossa responsabilidade de proporcionar alimento que nutra e incentive a vida espiritual. [...] RV 54 3 A questão que devemos estudar é: "Qual é a verdade -- a verdade que deve ser acariciada, amada, honrada e obedecida?" Os adeptos da ciência têm ficado derrotados e abatidos quanto a seus esforços para encontrar a Deus. O que eles devem inquirir nestes dias é: "Qual é a verdade que nos habilitará a obter a salvação?" RV 54 4 Como responderemos? -- "Que pensais vós de Cristo?" -- eis a questão fundamental. Temos recebido a Cristo como um Salvador pessoal? A todos quantos O recebem, Ele dá poder de se tornarem filhos de Deus. RV 54 5 Cristo revelou Deus a Seus discípulos de modo que lhes operou no coração uma obra especial, tal qual Ele deseja realizar em nosso coração. Muitos há que, detendo-se demasiadamente na teoria, têm perdido de vista o poder vivo do exemplo do Salvador. Deixaram de vê-Lo como o humilde e abnegado obreiro. O que eles necessitam é contemplar a Jesus. Necessitamos diariamente uma nova revelação de Sua presença. Cumpre-nos seguir-Lhe mais de perto o exemplo de renúncia e sacrifício. RV 54 6 Carecemos da experiência possuída por Paulo ao escrever: "Estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim". Gálatas 2:20. RV 54 7 O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo expresso no caráter é uma exaltação superior a tudo mais que se estime na Terra e no Céu. É a suprema educação. É a chave que abre as portas da cidade celestial. Deus designa que todos quantos se revestem de Cristo possuam esse conhecimento. -- A Ciência do Bom Viver, 451-457. ------------------------Capítulo 9 -- Confirmando a nova experiência RV 55 1 A luta que segue ao reavivamento -- Depois do derramamento do Espírito de Deus em Battle Creek1, foi provado no colégio que um tempo de grande luz espiritual é também um tempo de correspondentes trevas espirituais. Satanás e suas legiões de instrumentos satânicos se acham em campo, forçando seus poderes a fim de tornar de nenhum efeito os chuveiros da graça que vieram do Céu para reavivar e vivificar as energias adormecidas para ação decidida a fim de transmitir aquilo que Deus comunicou. Houvessem todas as muitas pessoas, então esclarecidas, ido imediatamente trabalhar a fim de transmitir a outras aquilo que Deus lhes dera justamente para esse desígnio, mais luz haveria sido dada, mais poder concedido. Deus não comunica luz apenas para uma pessoa, mas para que ela a difunda, e Deus seja glorificado. É sentida sua influência. RV 55 2 Em todos os séculos períodos de reavivamento espiritual e o derramamento do Espírito Santo foram seguidos de trevas espirituais e dominante corrupção. Tomando em consideração aquilo que Deus concedeu em oportunidades, privilégios e bênçãos em Battle Creek, a igreja não tem feito honroso progresso no efetuar sua obra, e a bênção de Deus não repousará sobre a igreja no aumentar ainda mais a luz, enquanto não for usada aquela que Ele mandou em Sua Palavra. A luz que poderia resplandecer em raios claros e distintos, enfraquecerá em meio da escuridão moral. O poder ativo da verdade de Deus é dependente da cooperação do instrumento humano com Ele em piedade, zelo e abnegados esforços para levar a luz da verdade a outros. -- Manuscrito 45, 1893. RV 55 3 Não confundir a obra do Espírito com o fanatismo -- Têm-me sido escritas coisas em relação com a operação do Espírito de Deus na última assembleia [1893], e no colégio, que indicam claramente que, por causa dessas bênçãos não terem sido vividas à altura, mentes ficaram confundidas e aquilo que era luz do Céu foi chamado de emoção. Entristeceu-me que esse assunto fosse considerado nesse aspecto. Cumpre-nos ser muito cuidadosos de não ofender o Espírito de Deus, não declarando que Seu ministério é uma espécie de fanatismo. Como compreenderemos a operação do Espírito de Deus, se ela não foi revelada em linhas claras e inequívocas, não somente em Battle Creek, mas em muitos lugares? RV 56 1 Não me surpreendo de que alguém tenha ficado confundido ante os resultados posteriores. Mas em minha experiência dos quarenta e nove anos passados tenho visto muito dessas coisas, e conheci que Deus operou de maneira notável; e ninguém se aventure a dizer que isso não é do Espírito de Deus. É justamente isso que estamos autorizados a crer e por tal orar, pois Deus está mais disposto a dar o Espírito Santo aos que Lho pedem, do que estão os pais a dar boas dádivas a seus filhos. O Espírito Santo, porém, não é para ser utilizado pelo agente humano; é para utilizar e usar o instrumento humano. Que Deus abençoou abundantemente os alunos na escola e na igreja, não tenho disso nenhuma dúvida; mas um período de grande luz e o derramamento do Espírito é geralmente seguido de um tempo de grande treva. Por quê? Porque o inimigo opera com todas as suas enganadoras energias para anular o efeito da profunda operação do Espírito de Deus no ser humano. RV 56 2 Quando os alunos da escola foram para seus jogos de competição e de futebol [americano], quando se absorveram nos divertimentos, Satanás achou boa ocasião de entrar e neutralizar o Espírito de Deus. Houvessem os professores coerentemente cumprido seu dever, compreendido sua responsabilidade, houvessem eles se colocado em independência moral perante Deus, usado a capacidade que Deus lhes dera segundo a santificação do espírito pelo amor da verdade, e teriam tido força espiritual e divina iluminação para ir avante e mais avante e acima na escada do progresso, em direção ao Céu. É evidente que eles não apreciaram nem andaram na luz ou seguiram a Luz do mundo. RV 56 3 É coisa fácil dissipar ociosamente, desfazer falando ou brincando, a influência do Espírito Santo. Andar na luz é manter-se progredindo em direção à luz. Se a pessoa abençoada se torna negligente e desatenta e não vigia em oração, se não ergue a cruz e leva o jugo de Cristo, se seu amor pelas diversões e esforço pelo domínio lhe absorve a força ou a capacidade, então não é dado a Deus o primeiro e o último lugar em tudo, e Satanás entra para desempenhar sua parte no jogo da vida. Ele pode jogar muito mais diligentemente do que as pessoas, e faz tramas complicadas para comprometer a salvação. [...] RV 56 4 Os resultados depois da operação do Espírito de Deus em Battle Creek não são devidos ao fanatismo, mas porque aqueles que foram abençoados não mostraram os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz; e quando a Terra for iluminada com a glória de Deus, alguns não saberão o que é isso, e de onde veio, porque aplicaram mal e mal-interpretaram o derramamento do Espírito sobre eles. Deus é um Deus zeloso de Sua glória. Não honrará aqueles que O desonram. Algumas pessoas que vivem na luz deviam haver instruído esses jovens na experiência a andarem na luz depois de haverem-na recebido. Gostaria de ter tempo para escrever mais, mas receio que não o terei. -- Carta 58, 1893. RV 57 1 Caminhos fáceis para perder a bênção -- Algumas coisas me têm vindo ultimamente com grande força ao espírito e sinto-me constrangida pelo Espírito de Deus a escrever relativamente a elas. Abriu o Senhor misericordiosamente as janelas do Céu e derramou sobre nós uma bênção? Então esse era justamente o tempo de educar os professores e alunos a reterem o precioso favor de Deus trabalhando em harmonia com a maior iluminação, e irradiando seus preciosos raios para outros. Foi comunicada uma luz do Céu? Por que foi ela comunicada? Para que resplandecesse em obras de justiça. Quando os que foram assim abundantemente abençoados forem vistos com mais profunda e fervorosa piedade, tendo o senso de haverem sido comprados com o precioso sangue do Cordeiro de Deus e acharem-se revestidos com Sua salvação, vão representar a Cristo? RV 57 2 Não têm os jogos, e prêmios, e o uso das luvas de boxe estado a educar e preparar segundo a direção de Satanás, para levá-los à posse dos atributos dele? Que seria se eles pudessem ver a Jesus, o Homem do Calvário, a contemplá-los com dor, tal como me foi apresentado! As coisas estão por certo a receber um molde errado, e estão neutralizando a obra do poder divino compassivamente outorgado. A obra de todo verdadeiro cristão é representar a Cristo, refletir a luz, exaltar as normas morais, e pela palavra e a influência consagradas a Deus, compelir os descuidosos e negligentes a pensar em Deus e na eternidade. O mundo de boa vontade deixaria fora de suas cogitações a eternidade, mas não o conseguirão enquanto houver pessoas que representem Cristo em sua vida prática. RV 57 3 Cada crente forma um elo na corrente de ouro que se liga a Jesus Cristo, e é o meio de comunicação dessa luz para os que se encontram em trevas. Perca alguém sua ligação com Cristo, e Satanás aproveita a oportunidade para levá-lo a desonrar a Cristo por palavras, pensamentos e ações, e assim o caráter de Cristo é mal-interpretado. Pergunto-lhe, meu irmão, se a religião de Jesus Cristo não é mal compreendida pelo excesso de divertimentos. Quando o Senhor deu a Battle Creek as riquezas de Sua graça, havia ali pessoas de responsabilidade que poderiam haver encaminhado essas pessoas quanto à maneira de aperfeiçoarem a dotação, ao fazer obra boa e útil que proporcionaria variação de seus estudos que não fossem a agitação e as emoções causadas por seus jogos? Essa espécie de passatempo não está melhorando a mente, nem o espírito e nem os procedimentos de preparação para as cenas de prova em que breve deverão ocorrer. A piedade superficial, imitação da religião, será consumida quando provada na fornalha. RV 58 1 O Senhor gostaria que os professores considerassem o contágio de seu próprio exemplo. Eles necessitam orar muito mais e considerar que as convicções que emanam de uma vida bem ordenada e de uma piedosa conversação, de um cristianismo vivo e resoluto, são o preparo do jardim do coração para as sementes da verdade serem plantadas para uma frutífera colheita, e para o Sol da justiça quando Ele vier trazendo cura em Seus raios. Assim resplandeça a justiça diante dos homens, "para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus". Mateus 5:16. Vós sois, disse Cristo a Seus discípulos, "o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens". Mateus 5:13. A igreja ilumina o mundo, não por sua declaração de piedade, mas por sua manifestação do poder transformador e santificador da verdade na vida e no caráter. [...] RV 58 2 O tempo se acha demasiado cheio de sinais do vindouro conflito para estarmos levando a juventude aos divertimentos e jogos. -- Carta 46, 1893. RV 58 3 Transformando luz em trevas -- O Senhor condescendeu em dar-nos um derramamento de Seu Espírito Santo. Nas reuniões campais e em nossas várias instituições, grande bênção tem sido derramada sobre nós. Temos sido visitados pelos mensageiros celestiais de luz, verdade e poder, e não deve ser considerado coisa estranha que Deus assim nos abençoe. Como submete Cristo Seu povo escolhido a Ele? -- Pelo poder de Seu Espírito Santo; pois o Espírito Santo, por intermédio das Escrituras, fala à mente, e imprime a verdade no coração das pessoas. Antes de Sua crucifixão, Cristo prometeu que o Consolador seria enviado aos discípulos. Ele disse: "Convém-vos que Eu vá, porque, se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-Lo enviarei. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: quando vier, porém, o Espírito da verdade, Ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar". João 16:7, 8, 13, 14. RV 58 4 Essa promessa de Cristo tem sido menosprezada, e devido a uma escassez do Espírito de Deus, a espiritualidade da lei e suas obrigações eternas não têm sido compreendidas. Os que têm professado amar a Cristo, não têm compreendido a relação que existe entre eles e Deus, e ela é ainda fracamente delineada ao seu entendimento. Eles só vagamente discernem a surpreendente graça de Deus em dar Seu Filho unigênito para salvação do mundo. Não percebem de quão vasto alcance são as reivindicações da santa lei, quão profundamente os seus preceitos devem ser introduzidos na vida prática. Não avaliam quão grande privilégio e necessidade são a oração e o arrependimento, e o cumprimento das palavras de Cristo. É a obra do Espírito Santo revelar à mente a espécie de consagração que Deus aceita. Mediante a obra do Espírito Santo, é iluminada a mente, e o caráter é renovado, santificado e enobrecido. RV 59 1 Mediante a profunda influência do Espírito de Deus, tem sido apresentado diante de mim o caráter de Sua obra. Foi-me revelado o perigo que correm as pessoas conduzidas pelo Espírito; pois têm de enfrentar posteriormente mais violentos assaltos do inimigo, que reforça sobre elas suas tentações a fim de anular a operação do Espírito de Deus, e fazer com que as importantes verdades apresentadas e testemunhadas não purifiquem ou santifiquem aqueles que recebem a luz do Céu, fazendo assim com que Cristo não seja neles glorificado. RV 59 2 O período de grande luz espiritual, caso essa luz não seja sagradamente acariciada e seguida, se transformará num tempo de correspondente treva espiritual. A impressão produzida pelo Espírito de Deus, se as pessoas não nutrirem a sagrada impressão e ocuparem terreno santo, se desvanecerá da mente. Os que quiserem avançar no conhecimento espiritual, precisam permanecer junto à própria fonte de Deus, e beberem repetidamente do manancial da salvação tão benignamente a eles franqueado. Precisam apegar-se à fonte do refrigério; e com o coração dilatado de reconhecimento e amor ante a manifestação da bondade e compaixão de Deus, importa prosseguirem como participantes da água viva. RV 59 3 Oh! quanto significa isto para todas as pessoas: "Eu sou a luz do mundo". João 8:12. "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome [pois coisa alguma assim satisfaz]; e quem crê em Mim nunca terá sede". João 6:35. Chegar a essa situação quer dizer que encontramos a Fonte da luz e do amor, e aprendemos quando e como podemos ser reabastecidos, e que podemos fazer uso das promessas de Deus mediante o aplicá-las de contínuo à vida. RV 59 4 "Porém Eu já vos disse que, embora Me tenhais visto, não credes". João 6:36. Isso se tem cumprido literalmente no caso de muitos; pois o Senhor lhes deu mais profunda visão da verdade, de Seu caráter de misericórdia, compaixão e amor; e ainda depois de haverem sido assim iluminados, desviaram-se dEle através da incredulidade. Viram a profunda operação do Espírito de Deus; mas quando as estratégicas tentações de Satanás penetraram, como sempre acontece depois de um período de reavivamento, eles não resistiram até o sangue, lutando contra o pecado; e os que poderiam haver ocupado terreno vantajoso, houvessem feito o devido uso do precioso esclarecimento que possuíam, foram vencidos pelo inimigo. Deviam ter refletido sobre os outros a luz que Deus lhes comunicara. Deviam ter trabalhado e agido em harmonia com as sagradas revelações do Espírito Santo; e por não fazerem assim sofreram dano. RV 60 1 Vitória espiritual perdida na paixão pelos folguedos -- Entre os alunos havia condescendência com o espírito de divertimento e de galhofa. Ficaram tão interessados em jogar partidas que o Senhor foi excluído de sua mente; e Jesus Se achava ali, no campo de jogo, dizendo: "Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz!" Lucas 19:42. "Porém Eu já vos disse que, embora Me tenhais visto, não credes". João 6:36. Sim, Cristo Se revelou, e profundas impressões foram feitas pela influência do Espírito Santo no coração; mas prosseguiram numa direção pela qual perderam essas sagradas impressões, e deixaram de conservar a vitória. "Todo aquele que o Pai Me dá, esse virá a Mim; e o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora". João 6:37. Começaram a ir a Cristo; mas não continuaram em Cristo. Abandonaram a Cristo, e a compreensão que tiveram dos grandes favores e bênçãos que Ele lhes havia concedido perdeu-se do coração. A questão do divertimento ocupou tão largamente o espírito, que depois da solene visitação do Espírito de Deus, passaram a discuti-la com tão grande zelo que todas as barreiras foram afastadas; e por causa da paixão pelos jogos, negligenciaram dar ouvidos à palavra de Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". Marcos 14:38. O lugar que devia haver sido ocupado por Jesus foi usurpado pela paixão por jogos. Preferiram os divertimentos aos confortos do Espírito Santo. Não seguiram o exemplo de Jesus, que disse: "Eu desci do Céu, não para fazer a Minha própria vontade, e sim a vontade dAquele que Me enviou". João 6:38. RV 60 2 A mente de muitos se acha tão emaranhada com seus desejos e inclinações, e eles têm estado tão habituados a condescender com isso, que não podem compreender o verdadeiro sentido das Escrituras. Muitos supõem que, seguindo a Cristo, serão obrigados a ser sombrios e desconsolados, porque lhes é exigido que se reneguem aos prazeres e folguedos com que o mundo condescende. O cristão vivo será cheio de alegria e paz, porque vive como vendo Aquele que é invisível; e os que buscam a Cristo em Seu genuíno caráter têm em si os elementos da vida eterna, porque são participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência. Jesus disse: "E a vontade de quem Me enviou é esta: que nenhum Eu perca de todos os que Me deu; pelo contrário, Eu o ressuscitarei no último dia. De fato, a vontade de Meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nEle crer tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia". João 6:39, 40. RV 61 1 O filho de Deus, um coobreiro de Deus -- Toda vida espiritual é derivada de Jesus Cristo. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus". João 1:12. Mas qual é o resultado de tornar-se filho de Deus? A mais imediata consequência é tornar-nos coobreiros Seus. Há uma grande obra de salvação a ser feita em função da nossa salvação, e também para nos habilitar a conquistar outros da incredulidade para uma vida sustida pela fé em Cristo Jesus. "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em Mim (com uma fé casual? -- Não, com uma fé permanente que opera por amor e purifica a alma) tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne. [...] Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida. Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem O havia de trair. E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a Mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido". João 6:47, 48, 51, 53, 54, 63-65. RV 61 2 Ao proferir Jesus essas palavras, falou-as com autoridade, segurança e poder. Em certas ocasiões, Ele Se manifestava de tal maneira que a profunda atuação de Seu Espírito era sensivelmente percebida. Muitos, porém, que viram e ouviram e tomaram parte nas bênçãos da hora, foram embora, e em breve esqueceram a luz que Ele lhes havia dado. RV 61 3 Os tesouros da eternidade foram confiados à guarda de Jesus Cristo, para dar a quem Ele queria; mas quão triste é que tantos perdem rapidamente de vista a preciosa graça que lhes é oferecida pela fé nEle! Ele concederá os tesouros celestiais aos que crerem nEle, olharem a Ele, e nEle permanecerem. Ele não teve por usurpação ser igual a Deus, e não conhece restrição nem controle no outorgar os tesouros celestiais a quem quiser. Não exalta nem honra aos grandes do mundo, lisonjeados e aplaudidos; mas convida Seu povo escolhido, peculiar, que O ama e serve, a ir a Ele e pedir, e Ele lhes dará o pão da vida, e a água da vida, a qual será neles uma fonte que salta para a vida eterna. RV 62 1 Jesus trouxe a nosso mundo os acumulados tesouros de Deus, e todos os que nEle crerem são adotados como herdeiros Seus. Ele declara que grande será a recompensa dos que sofrerem por amor de Seu nome. Está escrito: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, nem subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam". 1 Coríntios 2:9. -- The Review and Herald, 30 de Janeiro de 1894. RV 62 2 Foi a bênção acariciada? -- A fim de aumentar nossa dotação espiritual, é necessário andar na luz. Em vista do acontecimento que é a breve volta de Cristo, precisamos trabalhar vigilantemente no preparo para essa ocasião, manter nossa lâmpada limpa e acesa, resplandecendo a fim de impressionar a outros quanto à necessidade de preparar-se para a vinda do Esposo. Vigilância e trabalho precisam andar juntos; a fé e as obras precisam estar unidas, do contrário nosso caráter não será simétrico e equilibrado, perfeito em Cristo Jesus. RV 62 3 Se nos entregássemos tão somente a piedosa meditação, nossa luz se iria enfraquecendo, pois foi-nos dada para que possamos comunicar a outros, e quanto mais comunicarmos luz, tanto mais brilhante ela se torna. Se há uma coisa no mundo com a qual possamos manifestar entusiasmo seja o promover a salvação das pessoas por quem Cristo morreu. Uma obra dessa espécie não nos fará negligenciar a piedade individual. É-nos dada a exortação de não sermos "vagarosos no cuidado", antes "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. RV 62 4 Olhar unicamente à glória de Deus quer dizer nutrir um só desígnio, manifestar a obra que foi feita em nosso coração, que nos sujeita à vontade de Deus, e leva cativo todo pensamento à glória de Deus. O mundo tem estado com os olhos em nós, para ver qual a influência posterior da obra de reavivamento que veio ao colégio, ao hospital, ao escritório de publicações e aos membros da igreja de Battle Creek. Que testemunho temos dado em nossa vida diária e pelo nosso caráter? RV 62 5 Deus esperava que todos nós procedêssemos da melhor forma possível, não para nos agradarmos, divertir-nos e glorificar-nos, mas para honrá-Lo em todos os caminhos, devolvendo-Lhe segundo a luz e os privilégios que nos tem dado mediante a Sua graça. Esperava que testificássemos perante os seres celestiais, fôssemos testemunhas vivas diante do mundo, do poder da graça de Cristo. O Senhor nos provou, a ver se trataríamos Sua preciosa bênção como coisa comum, leve, ou a consideraríamos como valioso tesouro a ser tratado com reverente respeito. Houvessem todos lidado com o dom de Deus por essa maneira -- pois a obra era dEle -- então, segundo a medida da responsabilidade de cada um, a graça dada haveria sido duplicada, como os talentos do que negociou diligentemente com o dinheiro de seu Senhor. RV 63 1 Bênção transformada em maldição -- Deus tem estado a testar a fidelidade de Seu povo, provando-o para ver que emprego foi dado à preciosa bênção que lhes confiou. Essa bênção veio de nosso Intercessor e Advogado nas cortes celestiais; mas Satanás estava pronto a entrar por qualquer passagem, de modo a transformar a luz e bênção em trevas e maldição. RV 63 2 Como pode a bênção mudar-se em maldição? Persuadindo o instrumento humano a não acalentar a luz, ou a não revelar ao mundo que ela foi eficaz na transformação do caráter. Possuído do Espírito Santo, o instrumento humano se consagra a cooperar com instrumentos divinos. Leva o jugo de Cristo, ergue seus fardos e trabalha segundo Cristo a fim de ganhar preciosas vitórias. Anda na luz assim como Cristo na luz está. Cumpre-se nele o texto bíblico: "Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito". 2 Coríntios 3:18. RV 63 3 Outro ano passou para a eternidade agora com seu peso de registros; e a luz que brilhou do Céu sobre nós devia preparar-nos para nos erguermos e resplandecer, para manifestar os louvores de Deus ao mundo como Seu povo observador dos mandamentos. Devíamos ter sido testemunhas vivas; mas se nenhum esforço especial por um caráter elevado e santo dá testemunho perante o mundo, se nenhum emprego maior de força se tem feito do que aquele que se vê nas igrejas populares de hoje, então, o nome de Deus não tem sido honrado e Sua verdade não tem sido engrandecida perante o mundo, mediante o apresentar credenciais divinas da parte do povo que recebeu grande luz. Se eles não receberam maior apreciação pelo poder manifesto de Deus do que comer e beber e levantarem-se para folgar, como fez o antigo Israel, então, como pode o Senhor fazer Seu povo depositário de preciosas e benévolas manifestações? Se agem justamente ao contrário em quase todos os sentidos quanto à conhecida vontade de Deus, e são encontrados em descuido, leviandade, em egoísmo, ambição e orgulho, corrompendo seus caminhos diante do Senhor, como pode Ele dar-lhes outro derramamento do Espírito Santo? RV 63 4 Deus tem para Seu povo as mais ricas bênçãos; não as pode conceder, porém, enquanto eles não souberem como tratar esse precioso dom no manifestar os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. "Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual pelo gozo que Lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-Se à destra do trono de Deus". Hebreus 12:1, 2. Uma porção da alegria que estava proposta a Cristo, era a satisfação de ver Sua verdade armada do poder onipotente do Espírito Santo, imprimindo Sua imagem na vida e no caráter de Seus seguidores. RV 64 1 Seres divinos cooperam com instrumentos humanos ao buscarem eles magnificar a lei e fazê-la gloriosa. A lei do Senhor é perfeita, convertendo a alma. É na pessoa convertida que o mundo vê um testemunho vivo. Então terá o Senhor do Céu lugar para operar? Encontrará Ele margem no coração dos que professam crer na verdade? Encontrará Sua pura e desinteressada benevolência resposta da parte do instrumento humano? Verá o mundo uma manifestação da glória de Cristo no caráter daqueles que professam ser Seus discípulos? Será Cristo favorecido e glorificado em ver Sua própria compaixão e amor sendo derramados em torrentes de bondade e verdade de Seus instrumentos humanos? Ao implantar Seu evangelho no coração, Ele está a derramar os recursos do Céu para benefício do mundo. "Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus". 1 Coríntios 3:9. RV 64 2 Que tem a rica bênção de Deus feito por aqueles que eram humildes e contritos de coração para recebê-la? Tem sido a bênção nutrida? Têm os recebedores mostrado os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz? Alguns há que já estão duvidando da obra que foi tão boa, e que devia haver sido altamente apreciada. Estão-na considerando como uma espécie de fanatismo. RV 64 3 Extremamente cuidadosos -- Não seria de surpreender se houvesse alguns que, não sendo muito equilibrados mentalmente falassem e agissem indiscretamente; pois onde quer e quando quer que o Senhor opere no conceder genuína bênção, revela-se sempre também uma falsificação, de modo a anular a obra verdadeira de Deus. Devemos, portanto, ser extremamente cuidadosos, e andar humildemente diante de Deus, para que possamos ter o colírio espiritual e distinguir a operação do Espírito Santo de Deus da manifestação daquele espírito que quer introduzir desenfreada licença e fanatismo. "Pelos seus frutos os conhecereis". Mateus 7:20. Os que estão realmente contemplando a Cristo, serão transformados à Sua imagem, como pelo Espírito do Senhor, e crescerão à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus. O Espírito Santo de Deus inspirará às pessoas amor e pureza; e manifestar-se-á refinamento em seu caráter. RV 64 4 Mas pelo fato de alguns se apropriarem indevidamente das ricas bênçãos do Céu, outros irão negar que Jesus, o Salvador do mundo, tem passado por nossas igrejas para abençoar? Não vamos discutir a dúvida e a incredulidade; pois assim fazendo, estaremos pisando terreno perigoso. Deus deu Seu Espírito Santo aos que abriram a porta do coração ao dom celestial. Não cedam, porém, eles à tentação de crer posteriormente que foram enganados. Não digam: "Visto que sinto trevas, e estou opresso de dúvidas, e nunca vi tão manifesto como agora o poder de Satanás, fui certamente enganado." Aconselho-os a ser cuidadosos. Não semeemos sequer uma expressão de dúvida. Deus operou por nós, pondo em real contato com o coração sadias doutrinas da verdade. Bênçãos nos foram dadas, para que produzissem frutos em práticas sãs e caráter reto. RV 65 1 O pecado de rejeitar a evidência -- O pecado pelo qual Cristo reprovou Corazim e Betsaida [Mateus 11:21] foi o de rejeitar a evidência que haveria convencido da verdade seus moradores, caso houvessem eles cedido a seu poder. O pecado dos escribas e fariseus foi o de colocar a obra celestial que fora feita diante deles nas trevas da incredulidade, de maneira que a evidência que os deveria haver levado a uma firme fé foi posta em dúvida, e as coisas sagradas que deveriam haver sido abrigadas, consideradas como de nenhum valor. Temo que o povo haja permitido ao inimigo operar nesse mesmo sentido, de maneira que o bem que emanou de Deus, as ricas bênçãos que Ele deu, chegaram a ser consideradas por alguns como fanatismo. RV 65 2 Caso essa atitude seja conservada, então, quando o Senhor fizer novamente Sua luz brilhar sobre o povo, ele se desviará da iluminação celestial, dizendo: "Senti a mesma coisa em 1893, e alguns em quem tenho confiado disseram que essa obra era fanatismo." Não hão de aqueles que receberam a preciosa graça de Deus, e que tomaram a atitude de que a operação do Espírito de Deus era fanatismo, estar dispostos a acusar a obra do Espírito de Deus no futuro, e o coração ser assim prova contra as solicitações da voz mansa e delicada? O amor de Jesus pode ser apresentado aos que assim se entrincheiram contra ele, e não exercer sobre eles nenhum poder constrangedor. As riquezas da graça do Céu podem ser concedidas e todavia rejeitadas, em vez de serem acolhidas e reconhecidas com gratidão. Com o coração as pessoas creram para a justiça e por algum tempo fizeram confissão para a salvação; mas, é triste dizê-lo, o que a recebeu não cooperou com os seres celestes, nem estimou a luz mediante o praticar as obras de justiça. -- The Review and Herald, 6 de Fevereiro de 1894. ------------------------Capítulo 10 -- Apelos especiais no ministério público1 RV 66 1 Em Battle Creek, nos primeiros tempos -- Assisti à reunião na igreja de Battle Creek. Falei com liberdade ao povo, mais ou menos uma hora, acerca da queda de Adão, que trouxe miséria e morte, trazendo Cristo vida e imortalidade à luz mediante Sua humilhação e morte. Senti dever instar com o povo quanto à necessidade de inteira consagração a Deus -- a santificação de todo o ser, alma, corpo e espírito. Falei sobre a morte de Moisés e a visão que ele teve da prometida terra de Canaã. Houve profundidade de sentimento na congregação. ... Ao reunir-nos naquela tarde, chamamos à frente os que desejassem ser cristãos. Treze pessoas atenderam. Todas testificaram do Senhor. Foi uma boa obra (Diário, 12 de Janeiro de 1868). RV 66 2 Trabalho diligente em Tittabawassee, Michigan -- Houve reuniões durante o dia inteiro. Meu marido falou de manhã; o irmão [J. N.] Andrews à tarde. Prossegui com observações por algum tempo, instando com os que se haviam interessado por meio das reuniões a começar daquele dia em diante a servir a Deus. Chamamos à frente os que desejavam iniciar naquele dia o serviço do Senhor. Bom número atendeu ao apelo. Falei várias vezes, rogando que as pessoas rompessem com os laços de Satanás e começassem imediatamente. Uma mãe foi falar com seu filho, chorando e suplicando-lhe. Ele parecia duro, obstinado, inflexível. Ergui-me então, e dirigindo-me ao irmão D, roguei-lhe que não se pusesse no caminho de seus filhos. Ele ficou assustado, depois ergueu-se, falou e disse que começaria naquele dia. Isso foi ouvido com alegria de coração por todos. O irmão D é um homem precioso. RV 66 3 O marido da irmã E ergueu-se então, e testificou que seria um cristão. Ele é homem de influência -- advogado. Sua filha estava ansiosa no assento. O irmão D acrescentou então suas súplicas às nossas. A irmã D, também por seus filhos. Rogamos e por fim prevalecemos. Todos foram para a frente. Os pais e todos os filhos e outros pais lhes seguiram o exemplo. Foi um dia de regozijo. A irmã E disse que era o dia mais feliz de sua vida (Diário, 19 de Fevereiro de 1868). RV 66 4 Boa reação em Battle Creek -- Falei à tarde sobre 2 Pedro. Falei com espontaneidade. Depois de falar por uma hora, convidei os que desejavam ser cristãos a ir para a frente. De trinta a quarenta pessoas se dirigiram calmamente, sem agitação, para a frente, e ocuparam os primeiros bancos. Falei com elas acerca de fazer uma entrega completa a Deus. Tivemos um período de oração pelos que foram para a frente. Precioso período de oração. Os que queriam o batismo foram solicitados a demonstrar isso, ficando em pé. Bom número levantou-se (Diário, 9 de Junho de 1873). RV 67 1 Depois de alguma hesitação, a resposta -- Falei à tarde [em Stanley, Virgínia] acerca de João 17:3. O Senhor me deu muito de Seu Espírito Santo. A casa estava cheia. Chamei à frente os que desejassem buscar mais fervorosamente ao Senhor, e aqueles que se desejassem entregar ao Senhor inteiramente em sacrifício. Por algum tempo ninguém se moveu, mas pouco depois muitos foram para a frente e deram testemunho de confissão. Tivemos precioso período de oração e todos se sentiram quebrantados, chorando e confessando seus pecados. Quem dera que cada um compreendesse! (Diário, 9 de Novembro de 1890). RV 67 2 Início da obra na Suíça -- Sábado e domingo foram períodos preciosos.2 O Senhor abençoou-me especialmente ao falar domingo à tarde. Ao fim do sermão foi feito um convite a todos quantos desejassem ser cristãos, e a todos os que sentiam não ter viva ligação com Deus, para que fossem à frente, a fim de que uníssemos nossas orações às suas em busca de perdão do pecado, e de graça para resistir à tentação. RV 67 3 Essa era uma nova experiência para muitos, mas não hesitaram. Dir-se-ia que toda a congregação se achava de pé, e o melhor que podiam fazer era sentar-se e buscarem todos juntamente o Senhor. Ali estava uma congregação inteira manifestando sua determinação de abandonar o pecado, e empenhar-se mais fervorosamente na obra de buscar a Deus. Depois da oração, cento e quinze testemunhos foram dados. Muitos desses mostravam genuína experiência nas coisas de Deus. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh-day Adventists, 173. RV 67 4 Em Cristiânia [Oslo], Noruega -- Passamos duas semanas em Cristiânia, e trabalhamos diligentemente pela igreja. O Espírito do Senhor induziu-me a apresentar claro testemunho. Especialmente em nossa última reunião, apresentei-lhes a necessidade de inteira mudança no caráter, caso quisessem ser filhos de Deus. [...] Insisti com eles quanto à necessidade de profundo arrependimento, confissão e abandono dos pecados que haviam afastado da igreja o doce espírito de Cristo. Convidamos então à frente os que quisessem tomar decidida posição ao lado do Senhor. Muitos corresponderam. Foram feitas algumas boas confissões, e dados fervorosos testemunhos. -- The Review and Herald, 19 de Outubro de 1886. RV 68 1 A determinação indicada pelo erguer-se -- Foi feito [em Basileia, Suíça] um pedido de que se erguessem todos quantos quisessem fazer daí em diante os mais sinceros esforços para atingir mais elevada norma. Todos se levantaram. Esperamos que isso tenha agora sobre eles o efeito de ganhá-los para Deus e os pensamentos celestiais, e para fazerem esforços mais diligentes para ser tudo quanto Deus lhes deu poder para serem -- fiéis e verdadeiramente devotados soldados da cruz de Cristo (Diário, 22 de Novembro de 1885). RV 68 2 Indiferentes reconduzidos em Basileia -- Na tarde do sábado, reunimo-nos outra vez para uma reunião de testemunhos. A bênção do Senhor repousou sobre mim ao dirigir-me novamente ao povo por alguns momentos. Todos os assentos estavam ocupados e foram trazidos outros ainda. Todos escutavam com profundo interesse. RV 68 3 Convidei os que desejassem as orações dos servos de Deus a vir para a frente. Todos os que haviam estado indiferentes, todos quantos desejassem voltar para o Senhor e buscá-Lo diligentemente, podiam aproveitar a oportunidade. Vários assentos foram prontamente ocupados e toda a congregação se pôs em movimento. Dissemos-lhes que o melhor que podiam fazer era sentar-se mesmo onde estavam, e todos buscaríamos juntos o Senhor confessando nossos pecados, e o Senhor empenharia Sua palavra: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". 1 João 1:9. RV 68 4 Muitos testemunhos foram dados em rápida sucessão e com profundidade de sentimentos, mostrando que os corações estavam tocados pelo Espírito de Deus. Nossas reuniões continuaram de duas da tarde às cinco, e então fomos obrigados a concluir, com várias orações fervorosas (Diário, 20 de Fevereiro de 1887). RV 68 5 Destacada experiência na Austrália -- No sábado, 25 de Maio [1895], tivemos preciosa reunião na sala em que nosso povo se reunia em North Fitzroy. Por vários dias antes da reunião, eu sabia que esperavam que eu falasse na igreja no sábado; infelizmente, porém, tive forte resfriado e fiquei inteiramente rouca. Senti-me inclinada a deixar de cumprir esse plano; mas como fosse minha única oportunidade, disse: "Irei à presença do povo, e creio que o Senhor atenderá a minhas fervorosas orações, e afastará a afonia de maneira que eu possa apresentar minha mensagem ao povo." Apresentei a meu Pai celestial a promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" Lucas 11:9, 13. [...] RV 69 1 A Palavra de Deus é fiel. Eu pedira, e acreditava que seria habilitada a falar ao povo. Escolhi uma parte das Escrituras; quando me ergui para falar, porém, ela me foi tirada da mente, e senti-me impressionada a falar sobre o primeiro capítulo de 2 Pedro. O Senhor me deu especial espontaneidade no apresentar o valor da graça de Deus. [...] Pelo auxílio do Espírito Santo, fui habilitada a falar com clareza e poder. RV 69 2 Ao fim de meu discurso, fui impressionada pelo Espírito de Deus a estender àqueles que desejassem entregar-se inteiramente ao Senhor, um convite para irem à frente. Os que sentiram a necessidade das orações dos servos de Deus, foram convidados a manifestá-lo. Cerca de trinta foram para a frente. Entre esses achavam-se as esposas dos irmãos F, as quais, pela primeira vez, manifestavam o desejo de aproximar-se de Deus. Meu coração encheu-se de indizível reconhecimento pelo gesto dessas duas mulheres. RV 69 3 Pude ver então porque fora tão intensamente movida a fazer esse convite. Eu hesitara a princípio, cogitando se isso seria o melhor a fazer, quando meu filho e eu éramos os únicos, ao que me parecia, a prestar auxílio naquela ocasião. Mas como se alguém me houvesse falado, atravessou-me a mente o pensamento: "Você não consegue confiar no Senhor?" Eu disse: "Eu confiarei, Senhor." Se bem que meu filho ficasse muito surpreendido de que eu fizesse um apelo assim em tal ocasião, esteve à altura da emergência. Nunca o ouvi falar com maior poder ou mais profundo sentimento que naquela ocasião. Chamou os irmãos Faulkhead e Salisbury à frente, e ajoelhamos em oração. Meu filho tomou a iniciativa, e certamente o Senhor dirigiu a súplica; pois ele parecia orar como se estivesse na presença de Deus. Os irmãos Faulkhead e Salisbury também fizeram fervorosas petições, e então o Senhor me deu voz para orar. Lembrei-me das irmãs F, que, pela primeira vez tomavam publicamente posição ao lado da verdade. O Espírito Santo Se achava na reunião, e muitos foram movidos por Sua profunda atuação. RV 69 4 Ao fim da reunião muitos abriram caminho para a plataforma, e tomando-me a mão, pediram-me com lágrimas que orasse por eles. Respondi de coração: "Eu o farei." As irmãs F foram-me apresentadas, e verifiquei que tinham o coração muito brando. [...] RV 69 5 A mãe de uma das irmãs que se colocaram agora ao lado da verdade tem sido cruel oponente, e ameaçou que, se a filha se tornasse observadora do sábado, não lhe permitiria entrar em sua casa; pois a mãe a consideraria uma vergonha para a família. A Sra. F. declarara muitas vezes que jamais se uniria aos adventistas do sétimo dia. Fora criada na igreja presbiteriana, e educada na ideia de que era muito impróprio uma mulher falar na reunião, e que uma mulher pregar era de todo fora dos limites da propriedade. Ela gostou de ouvir os pastores [A. G.] Daniells e [J. O.] Corliss, e achou-os pregadores muito talentosos, mas não queria ouvir uma mulher pregar. O marido orara para que Deus arranjasse de tal modo as coisas que ela se convertesse pelo ministério da irmã White. Quando fiz o apelo, e instei para que fossem para a frente aqueles que sentissem sua necessidade de chegar mais perto de Deus, para surpresa de todos, essas irmãs foram à frente. A irmã que perdera seu pequenino disse que estava decidida a não reagir ao apelo, mas que o Espírito do Senhor lhe impressionara tão fortemente o espírito que não ousara recusar. [...] Sinto-me tão grata a meu Pai celestial por Sua amorável benignidade em levar essas duas irmãs a se unirem com seus maridos na obediência à verdade. -- The Review and Herald, 30 de Julho de 1895. RV 70 1 Visitantes não adventistas correspondem na Igreja de Ashfield -- Convidei todos quantos quisessem entregar-se a Deus em concerto sagrado, e servi-Lo de todo o coração a que se levantassem. A casa estava cheia, e quase todos se ergueram. Achava-se presente uma porção de pessoas não pertencentes a nossa fé, e alguns deles se levantaram. Apresentei-os ao Senhor em fervorosa oração, e sabemos que tivemos a manifestação do Espírito de Deus. Sentimos que havia sido realmente obtida uma vitória. -- Manuscrito 30a, 1896. RV 70 2 O chamado especial no colégio de Battle Creek -- Falei cinco vezes aos auxiliares, à classe de enfermagem e aos médicos durante a Semana de Oração, e estou certa de que minhas palestras são apreciadas. Falei duas vezes no colégio. Na última quinta-feira, o professor [W. W.] Prescott desejou que eu fosse lá. Fui, orei e falei à grande capela cheia de alunos. Senti-me à vontade ao falar e apresentar perante eles a bondade e a misericórdia de Deus e a grande condescendência e sacrifício de Jesus Cristo, e o galardão celestial comprado para nós, a última vitória, e o privilégio que é ser cristão. RV 70 3 O professor Prescott ergueu-se e tentou falar, mas seu coração estava perplexo e ele não conseguiu proferir uma palavra por cinco minutos, apenas ficou chorando perante o povo. Então, disse algumas palavras: "Estou alegre por ser cristão." Falou por cerca de cinco minutos, depois franqueou a todos falar. Foram dados muitos testemunhos, mas pareceu-me que precisava ser alcançado um grupo que ainda não havíamos conseguido atingir. Chamamos a vir à frente todos quantos sentissem que não estavam preparados para a vinda de Cristo e não tinham evidência de sua aceitação por Deus. Penso que toda a casa se emocionou. Demos então oportunidade para todos exprimirem seus sentimentos, tivemos depois, outro período de oração, e a bênção do Senhor pareceu atingir corações. RV 71 1 Separamo-nos então em grupos, e continuamos a obra por duas horas mais, e o Espírito do Senhor veio de maneira assinalada à reunião. Vários dos que não haviam conhecido coisa alguma de uma fé religiosa, incrédulos que vieram do mundo, obtiveram genuína experiência na vida religiosa. E a obra está indo mais e mais fundo. O Senhor está operando e há de operar, assim que preparemos o caminho para Ele, de modo que possa revelar com segurança Seu poder em nosso favor. -- Carta 75, 1888. RV 71 2 Chamado à frente em São Francisco -- Sexta-feira, 21 de Dezembro [1900], fui a São Francisco, onde devia dirigir a Semana de Oração. Sábado à tarde, falei à igreja ali, se bem que me achasse tão fraca que tivesse de segurar-me ao púlpito com ambas as mãos para firmar-me. Pedi ao Senhor que me desse forças para falar ao povo. Ele ouviu minha oração, e fortaleceu-me. Tive grande facilidade em falar sobre Apocalipse 2:1-5. RV 71 3 O toque profundo do Espírito de Deus veio sobre mim, e o povo foi fortemente impressionado com a mensagem dada. Depois de eu terminar, todos quantos desejassem entregar-se ao Senhor foram convidados a ir à frente. Muitos corresponderam, e foi feita oração por eles. Vários dos que se adiantaram são pessoas que ouviram recentemente a mensagem adventista, e acham-se no vale da decisão. Que o Senhor fortaleça a boa impressão feita sobre eles, e possam entregar-se inteiramente a Ele. Oh! como anseio ver pessoas convertidas, e ouvi-las cantar um novo cântico, isto é, o louvor a nosso Deus! RV 71 4 Falei domingo à tarde a um grande auditório, muitos dos quais não são de nossa fé. Minhas forças foram renovadas, e fui capaz de, sem segurar-me ao púlpito, ficar perante o povo. A bênção do Senhor repousou sobre nós, e veio-me o acréscimo de força enquanto falava. Como no sábado, os que buscavam auxílio espiritual foram chamados à frente, e alegramo-nos ao ver a pronta resposta. O Senhor chegou muito perto ao buscarmo-Lo em oração. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1901. RV 71 5 Obra semelhante em cada igreja -- Sábado, 10 de Novembro [1901] visitei São Francisco, e falei a uma igreja cheia de gente que tinha ouvidos para ouvir e coração para entender. [...] Depois de eu terminar, o pastor [J. O.] Corliss convidou todos os que desejassem entregar-se a Jesus a irem à frente. Houve pronta e feliz resposta, e foi-me dito que cerca de duzentas pessoas foram para a frente. O Senhor Se agradaria de ter um trabalho semelhante feito em cada igreja. RV 72 1 Muitos não puderam ir à frente devido a estar o salão tão cheio; mas os semblantes animados e os olhos lacrimosos testificaram de sua determinação: "Estarei ao lado do Senhor. De agora em diante buscarei diligentemente atingir mais elevada norma". -- The Review and Herald, 12 de Fevereiro de 1901. RV 72 2 Resposta na Assembleia Geral de 1909 -- Meus irmãos e irmãs, busquemos ao Senhor enquanto Ele pode ser achado. Virá tempo em que os que desperdiçaram seu tempo e oportunidades desejariam havê-Lo buscado. [...] Ele quer que nos conservemos na linha da razão, e na do trabalho. Quer que visitemos nossas igrejas trabalhando zelosamente para Ele. Quer que organizemos reuniões para os que não pertencem à igreja, para que aprendam as verdades desta última mensagem de advertência. Há lugares em que seremos recebidos com prazer, e pessoas nos agradecerão por irmos em seu auxílio. Que o Senhor nos ajude a lançar mão dessa obra como nunca antes o fizemos. Vamos aceitar? Erguer-nos-emos aqui e daremos testemunho de que faremos de Deus nossa confiança e ajudador? [Levanta-se a congregação.] RV 72 3 [Orando] Graças Te dou, Senhor, Deus de Israel. Aceita este compromisso do Teu povo. Põe sobre eles o Teu Espírito. Seja neles vista Tua glória. Ao falarem eles a Palavra da verdade, vejamos nós a salvação de Deus. Amém. -- The General Conference Bulletin, 18 de Maio de 1909. ------------------------Santificação Sa 7 1 Capítulo 1 -- A Verdadeira e a Falsa Teoria Comparadas Sa 19 1 Capítulo 2 -- Os Princípios de Temperança de Daniel Sa 27 1 Capítulo 3 -- O Controle dos Apetites e Paixões Sa 37 1 Capítulo 4 -- A Fornalha Ardente Sa 47 1 Capítulo 5 -- Daniel na Cova dos Leões Sa 52 1 Capítulo 6 -- As Orações de Daniel Sa 59 1 Capítulo 7 -- O Caráter de João Sa 67 1 Capítulo 8 -- O Ministério de João Sa 77 1 Capítulo 9 -- João no Exílio Sa 89 1 Capítulo 10 -- O Caráter Cristão Sa 99 1 Capítulo 11 -- O Privilégio do Cristão ------------------------Capítulo 1 -- A verdadeira e a falsa teoria comparadas Sa 7 1 A santificação exposta nas Sagradas Escrituras tem que ver com o ser todo -- as partes espiritual, física e moral. Eis a verdadeira idéia sobre a consagração perfeita. Paulo ora para que a igreja em Tessalônica possa gozar esta grande bênção: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". 1 Tessalonicenses 5:23. Sa 7 2 Há no mundo religioso uma teoria de santificação que, em si mesma, é falsa, e perigosa em sua influência. Em muitos casos aqueles que professam santificação não possuem a genuína. Sua santificação consiste em um culto por palavras e em teoria. Aqueles que estão realmente buscando o perfeito caráter cristão, jamais condescenderão com o pensamento de que estão sem pecado. Sua vida pode ser irrepreensível; podem estar vivendo como representantes da verdade que aceitaram; porém, quanto mais consagram a mente para se demorar no caráter de Cristo e mais se aproximam de Sua divina imagem, tanto mais claramente discernirão Sua imaculada perfeição e mais profundamente sentirão seus próprios defeitos. Sa 8 1 Quando as pessoas alegam que estão santificadas, dão suficiente evidência de estar bem longe de serem santas. Deixam de ver sua própria fraqueza e desamparo. Olham para si mesmas como refletindo a imagem de Cristo, porque não têm verdadeiro conhecimento dEle. Quanto maior a distância entre elas e seu Salvador, tanto mais justas se parecem aos próprios olhos. Sa 8 2 Quando, com penitente e humilde confiança, meditamos em Jesus, a quem nossos pecados traspassaram, podemos aprender a andar em Suas pisadas. Contemplando-O, tornamo-nos mudados em Sua divina semelhança. E quando esta obra se operar em nós, não pretenderemos ter nenhuma justiça em nós mesmos, mas exaltaremos a Jesus Cristo, ao passo que nosso enfraquecido coração confia em Seus méritos. Condenada a justiça-própria Sa 8 3 Nosso Salvador sempre condenou a justiça-própria. Ele ensinou a Seus discípulos que o mais elevado tipo de religião é aquele que se manifesta de maneira calma e modesta. Aconselhou-os a executarem suas obras de caridade sem estardalhaço, não por ostentação, nem para serem louvados e honrados pelos homens, mas para a glória de Deus, esperando recompensa na vida futura. Se fizessem boas ações para serem louvados pelos homens, nenhuma recompensa lhes seria concedida por seu Pai celestial. Sa 9 1 Os seguidores de Cristo foram instruídos a não orarem com o propósito de serem ouvidos pelos homens. "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará". Tais expressões como estas, dos lábios de Cristo, mostram que Ele não considerava com aprovação aquela espécie de piedade tão predominante entre os fariseus. Seus ensinos no monte mostram que os atos de benevolência assumem uma nobre forma, e as ações de adoração religiosa espalham muito preciosa fragrância, quando praticadas de maneira despretensiosa, em penitência e humildade. O motivo puro santifica o ato. Sa 9 2 A verdadeira santificação é uma inteira conformidade com a vontade de Deus. Pensamentos e sentimentos de rebelião são vencidos, e a voz de Jesus suscita uma nova vida, que penetra todo o ser. Aqueles que são verdadeiramente santificados não arvorarão sua própria opinião como uma norma do bem ou do mal. Não são fanáticos, nem de justiça-própria, mas ciosos de si, sempre tementes, com medo de que, havendo-lhes faltado uma promessa, tenham ficado aquém do cumprimento das condições sobre que se baseiam as promessas. A substituição da razão pelo sentimento Sa 10 1 Muitos dos que professam santificação ignoram inteiramente a obra de graça sobre o coração. Quando provados, descobre-se serem semelhantes ao fariseu justo aos próprios olhos. Não admitirão nenhuma contestação. Põem de lado a razão e o juízo, e confiam completamente em seus sentimentos, baseando suas pretensões à santificação nas emoções que em algum tempo experimentaram. São teimosos e perversos em incutir suas tenazes pretensões de santidade, proferindo muitas palavras, mas não produzindo nenhum fruto precioso como prova. Estas pessoas, professamente santificadas, estão, não somente enganando seu próprio coração, por suas pretensões, como também exercendo uma influência para desviar a muitos que desejam ardentemente, conformar-se com a vontade de Deus. Elas podem ser ouvidas a reiterar vez após vez: "Deus me dirige! Deus me ensina! Estou vivendo sem pecado!" Muitos dos que chegam em contato com este espírito, encontram um escuro, misterioso quê ao qual não podem compreender. Mas é isso que é inteiramente diferente de Cristo, o único verdadeiro padrão. Sa 10 2 A santificação bíblica não consiste em forte emoção. Eis onde muitos são levados ao erro. Fazem dos sentimentos o seu critério. Quando se sentem elevados ou felizes, julgam-se santificados. Sentimentos de felicidade ou a ausência de gozo não é evidência de que a pessoa esteja ou não santificada. Não existe tal coisa como seja santificação instantânea. A verdadeira santificação é obra diária, continuando por tanto tempo quanto dure a vida. Aqueles que estão batalhando contra tentações diárias, vencendo as próprias tendências pecaminosas e buscando santidade do coração e da vida, não fazem nenhuma jactanciosa proclamação de santidade. Eles são famintos e sedentos de justiça. O pecado parece-lhes excessivamente pecaminoso. Sa 11 1 Existem os que se consideram santos e fazem profissão da verdade, como fazem seus irmãos, de modo que se torna difícil fazer distinção entre eles; mas, a diferença existe, não obstante. O testemunho daqueles que se jactam de tão exaltada experiência fará que o suave Espírito de Cristo Se afaste de uma reunião, e deixará uma arrefecedora influência sobre os presentes; ao passo que, se eles estivessem realmente vivendo sem pecado, sua própria presença traria santos anjos à assembléia e suas palavras seriam, deveras, como "maçãs de ouro em salvas de prata". O tempo probante Sa 11 2 No verão, ao olharmos para as árvores de distante floresta, todas vestidas de um lindo manto verde, não podemos distinguir as árvores sempre verdes das outras. Mas quando se aproxima o inverno e o rei gelo as envolve em seu gélido abraço, despojando as outras árvores de sua bela folhagem, as sempre verdes são prontamente discernidas. Assim será com todos os que andam em humildade, desconfiados de si mesmos, mas apegados, trementes, à mão de Cristo. Enquanto aqueles que confiam em si mesmos e se fiam da perfeição de seu próprio caráter, perdem seu falso manto de justiça, quando submetidos às tempestades da prova, os verdadeiramente justos, que sinceramente amam e temem a Deus, cobrem-se do manto da justiça de Cristo, tanto na prosperidade como na adversidade. Sa 12 1 Renúncia própria, sacrifício pessoal, benevolência, bondade, amor, paciência, magnanimidade e confiança cristã são os frutos diários produzidos por aqueles que estão verdadeiramente ligados com Deus. Seus atos podem não ser publicados ao mundo, mas eles mesmos estão diariamente lutando contra o mundo e ganhando preciosas vitórias sobre a tentação e o mal. Solenes votos são renovados e mantidos mediante a força ganha por fervente oração e constante vigilância nela. O ardente entusiasta não discerne as lutas destes silenciosos obreiros; mas os olhos dAquele que vê os segredos do coração notam e recompensam com aprovação cada esforço feito com renúncia e mansidão. É preciso o tempo probante para revelar no caráter o ouro puro do amor e da fé. Quando provas e perplexidades vêm sobre a igreja, então se desenvolvem o firme zelo e as profundas afeições dos verdadeiros seguidores de Cristo. Sa 13 1 Sentimo-nos tristes quando vemos professos cristãos desviarem-se pela falsa e fascinante teoria de que são perfeitos, porque é muito difícil desenganá-los e levá-los ao caminho reto. Eles procuram tornar lindo e aprazível o exterior, ao passo que o adorno interior -- a mansidão e humildade de Cristo -- lhes está faltando. O tempo de prova virá a todos, quando as esperanças de muitos, que por anos se sentiram seguros, serão vistas como estando sem fundamento. Quando em novas posições, sob circunstâncias variáveis, alguns, que pareciam ser colunas na casa de Deus, se revelarão apenas como madeira carcomida debaixo da pintura e verniz. Mas os humildes de coração, que diariamente sentiram a importância de firmar seu coração na Rocha eterna, permanecerão inabaláveis no meio das tempestades de provações, porque não se confiaram a si mesmos. "O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus". Produção natural de frutos Sa 13 2 Aqueles que se dão ao trabalho de chamar a atenção para suas boas obras, constantemente falando de seu estado sem pecado e esforçando-se por salientar suas consecuções religiosas, com isto apenas estão enganando seu próprio coração. Um homem sadio, que está em condições de atender às vocações da vida e que, dia após dia, se dedica ao seu trabalho, com espírito alegre e uma saudável corrente de sangue em suas veias, não chama a atenção de todos aqueles a quem encontra para a sanidade de seu corpo. Saúde e vigor são as condições naturais de sua vida e, portanto, ele raramente se lembra de que está no gozo de tão rico dom. Sa 14 1 Assim se dá com o homem verdadeiramente justo. Ele anda inconsciente de sua bondade e piedade. O princípio religioso tornou-se o motivo de sua vida e conduta, e é-lhe tão natural produzir frutos do Espírito como para a figueira produzir figos ou a roseira carregar-se de rosas. Sua natureza está tão inteiramente imbuída do amor a Deus e ao próximo, que faz as obras de Cristo com espírito voluntário. Sa 14 2 Todos os que entram na esfera de sua influência, percebem a beleza e fragrância de sua vida cristã, ao passo que ele próprio está inconsciente desta, visto estar ela em harmonia com seus hábitos e inclinações. Ele ora pedindo luz divina, e ama o andar nessa luz. É sua comida e bebida fazer a vontade de seu Pai celestial. Sua vida está escondida com Cristo em Deus; contudo, não se jacta disto, nem parece ter disto consciência. Deus sorri para os humildes e meigos que seguem de perto as pisadas do Mestre. Os anjos são atraídos a eles e apreciam demorar-se ao seu redor. Eles podem ser passados por alto como indignos de consideração por aqueles que alegam exaltadas consecuções e se deleitam em tornar preeminentes suas boas obras; mas os anjos celestiais curvam-se amavelmente sobre eles e são como uma parede de fogo ao seu redor. Por que Cristo foi rejeitado Sa 15 1 Nosso Salvador era a luz do mundo; mas o mundo não O conheceu. Ele estava constantemente empenhado em obras de misericórdia, derramando luz sobre o caminho de todos; todavia, não chamava a atenção daqueles com quem Se misturava para que contemplassem Sua incomparável virtude, Sua renúncia, sacrifício e benevolência. Os judeus não admiraram tal vida. Consideravam Sua religião como sem valor, porque não concordava com sua norma de piedade. Julgaram que Cristo não era religioso em espírito ou caráter, porque a religião deles consistia em exibições, em orações públicas e em fazer obras de caridade por ostentação. Trombeteavam suas boas ações como o fazem aqueles que arrogam a si a santificação. Queriam que todos compreendessem que eles estavam sem pecado. Mas a vida toda de Cristo estava em contraste direto com isto. Ele não buscava nem ganho nem honra. Suas maravilhosas ações de cura eram praticadas da maneira mais silenciosa possível, conquanto não pudesse restringir o entusiasmo daqueles que se tornavam os recipientes de Suas grandes bênçãos. Humildade e mansidão caracterizavam Sua vida. E foi por causa de Seu andar humilde e de Suas maneiras despretensiosas, em tão notável contraste com as dos fariseus, que estes não O aceitaram. A mansidão, fruto do espírito Sa 16 1 O mais precioso fruto da santificação é a graça da mansidão. Quando esta graça reina no coração, a disposição é moldada por sua influência. Há uma contínua confiança em Deus e uma submissão da própria vontade à dEle. O entendimento apodera-se de toda verdade divina, a vontade dobra-se diante de todo preceito divino, sem duvidar nem murmurar. A verdadeira mansidão abranda e subjuga o coração e prepara a mente para a palavra impressa. Leva os pensamentos à obediência de Jesus Cristo. Abre o coração à Palavra de Deus, como foi aberto o de Lídia. Coloca-nos com Maria, como aqueles que aprendem, aos pés de Jesus. "Guiará os mansos retamente: e aos mansos ensinará o Seu caminho". Sa 16 2 A linguagem dos mansos não é nunca de jactância. Como o menino Samuel, eles oram: "Fala, Senhor, porque o Teu servo ouve". Quando Josué foi colocado na elevada posição de honra, como comandante de Israel, desafiou a todos os inimigos de Deus. Seu coração encheu-se de nobres pensamentos quanto a sua grande missão. Contudo, ante a intimação de uma mensagem do Céu, colocou-se na posição de uma criancinha, para ser dirigido. "Que diz meu Senhor ao Seu servo?" foi sua pergunta. As primeiras palavras de Paulo depois que Cristo Se revelou a ele foram: "Senhor, que queres que faça?" Sa 17 1 A mansidão, na escola de Cristo, é um dos assinalados frutos do Espírito. É uma graça produzida pelo Espírito Santo como agente santificador, e habilita seu possuidor a controlar, em todo tempo, um temperamento impulsivo e impetuoso. Quando a graça da mansidão é acariciada por aqueles que, naturalmente, são de uma disposição irritadiça e colérica, eles hão de empenhar os maiores esforços para subjugar seu infeliz temperamento. Cada dia ganharão domínio próprio, até que aquilo que é rude e dessemelhante a Jesus seja vencido. Eles se assemelharão ao Padrão divino, até ao ponto de poderem obedecer à inspirada injunção: "Pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar". Sa 17 2 Quando um homem professa estar santificado e, todavia, pelas palavras e ações pode ser representado pela fonte impura, fazendo jorrar suas águas amargosas, podemos seguramente dizer: Esse homem está enganado. Ele precisa aprender mesmo os rudimentos que formam a vida de um cristão. Alguns que professam ser servos de Cristo têm, por tão longo tempo, nutrido o espírito de aspereza, que parecem amar o elemento profano e ter prazer em falar palavras que desgostam e irritam. Estes homens precisam converter-se antes que Cristo os reconheça como Seus filhos. Sa 17 3 A mansidão é o adorno interior que Deus julga de grande preço. O apóstolo fala dela como sendo mais excelente e valiosa do que o ouro, ou as pérolas, ou vestidos preciosos. Enquanto o adorno exterior embeleza somente o corpo mortal, a virtude da mansidão adorna o coração e põe o homem finito em conexão com o Deus infinito. Este é o ornamento da própria escolha de Deus. Aquele que ornamentou os céus com as esferas de luz, prometeu que, pelo mesmo Espírito, "adornará os mansos com a salvação". Os anjos do Céu registrarão como melhor adornados aqueles que se revestem do Senhor Jesus Cristo e andam com Ele em mansidão e humildade de espírito. A filiação atingida Sa 18 1 Há elevadas consecuções para o cristão. Ele pode sempre estar subindo a mais altas aquisições. João tinha uma elevada concepção do privilégio do cristão. Ele diz: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus". Não é possível à humanidade subir a uma dignidade mais elevada do que esta aqui incluída. Ao homem é outorgado o privilégio de tornar-se herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Aos que assim foram exaltados, são reveladas as inescrutáveis riquezas de Cristo, as quais são milhares de vezes mais valiosas do que as do mundo. Assim, mediante os méritos de Jesus Cristo, o homem finito é levado à Sociedade com Deus e Seu querido Filho. ------------------------Capítulo 2 -- Os princípios de temperança de Daniel Sa 19 1 O profeta Daniel tinha um caráter notável. Ele foi brilhante exemplo daquilo que os homens podem chegar a ser quando unidos com o Deus da sabedoria. Uma breve narrativa da vida deste santo homem de Deus ficou registrada para animação daqueles que poderiam, mais tarde, ser chamados a suportar a prova e a tentação. Sa 19 2 Quando o povo de Israel, seu rei, nobres e sacerdotes foram levados em cativeiro, quatro de entre eles foram selecionados para servir na corte do rei da Babilônia. Um destes era Daniel, o qual, muito cedo, deu mostras da grande habilidade desenvolvida nos anos subseqüentes. Estes moços eram todos de nascimento principesco e são descritos como jovens em quem não havia "defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento" e tinham "habilidade para viverem no palácio do rei". Percebendo os preciosos talentos destes jovens cativos, o rei Nabucodonosor determinou prepará-los para ocuparem importantes posições em seu reino. A fim de que pudessem tornar-se perfeitamente qualificados para sua vida na corte, de acordo com o costume oriental, eles deviam aprender a língua dos caldeus e submeter-se, durante três anos, a um curso completo de disciplina física e intelectual. Sa 20 1 Os jovens nessa escola de preparo não eram unicamente admitidos ao palácio real, mas também tomavam providências para que comessem da carne e bebessem do vinho que vinha da mesa do rei. Em tudo isto o rei considerava que não estava somente dispensando grande honra a eles, mas assegurando-lhes o melhor desenvolvimento físico e mental que poderia ser atingido. Enfrentando a prova Sa 20 2 Entre os manjares colocados diante do rei havia carne de porco e de outros animais que haviam sido declarados imundos pela lei de Moisés e que os hebreus tinham sido expressamente proibidos de comer. Nisso Daniel foi provado severamente. Deveria apegar-se aos ensinos de seus pais concernentes às carnes e bebidas e ofender ao rei, e, provavelmente, perder não só sua posição mas a própria vida? ou deveria desatender o mandamento do Senhor e reter o favor do rei, assegurando-se assim grandes vantagens intelectuais e as mais lisonjeiras perspectivas mundanas? Sa 20 3 Daniel não hesitou por longo tempo. Decidiu permanecer firme em sua integridade, fosse qual fosse o resultado. "Assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia". Sem mesquinhez nem fanatismo Sa 21 1 Hoje há entre os professos cristãos muitos que haveriam de julgar que Daniel era por demais esquisito, e o considerariam mesquinho e fanático. Eles consideram a questão do comer e beber como de muito pequena importância para exigir tão decidida resistência -- tal que poderia envolver o sacrifício de todas as vantagens terrenas. Mas aqueles que assim raciocinam, notarão no dia do juízo que se desviaram dos expressos reclamos de Deus e se apoiaram em sua própria opinião como norma para o certo e para o errado. Descobrirão que aquilo que lhes parecera sem importância não fora assim considerado por Deus. Seus reclamos deveriam ter sido sagradamente obedecidos. Aqueles que aceitam e obedecem a um de Seus preceitos porque lhes convém, ao passo que rejeitam a outro porque sua observância haveria de requerer sacrifício, rebaixam a norma do direito e, por seu exemplo, levam outros a considerarem levianamente a lei de Deus. "Assim diz o Senhor", deve ser nossa regra em todas as coisas. Um caráter irrepreensível Sa 21 2 Daniel foi submetido às mais severas tentações que podem assaltar os jovens de hoje; contudo, foi leal para com a instrução religiosa recebida na infância. Ele estava cercado por influências que subverteriam aqueles que vacilassem entre o princípio e a inclinação; todavia, a Palavra de Deus o apresenta como um caráter irrepreensível. Daniel não ousava confiar em seu próprio poder moral. A oração era para ele uma necessidade. Ele fazia de Deus a sua força e o temor do Senhor estava continuamente diante dele em todos os acontecimentos de sua vida. Sa 22 1 Daniel possuía a graça da genuína mansidão. Era verdadeiro, firme e nobre. Procurava viver em paz com todos, ao mesmo tempo que era inflexível como o cedro altaneiro, no que quer que envolvesse princípio. Em tudo que não entrasse em colisão com sua fidelidade a Deus, era respeitoso e obediente para com aqueles que sobre ele tinham autoridade; mas tinha tão elevada consciência das reivindicações de Deus que as de governadores terrenos se lhes subordinavam. Não seria induzido por nenhuma consideração egoísta a desviar-se de seu dever. Sa 22 2 O caráter de Daniel é apresentado ao mundo como um admirável exemplo do que a graça de Deus pode fazer de homens caídos por natureza e corrompidos pelo pecado. O registro de sua vida nobre, abnegada, é uma animação para a humanidade em geral. Dela podemos reunir força para resistir nobremente à tentação e, firmemente e na graça da mansidão, suster-nos pelo direito sob a mais severa provação. A aprovação de Deus, mais cara que a própria vida Sa 23 1 Daniel poderia haver encontrado uma desculpa plausível para desviar-se de seus estritos hábitos de temperança; mas a aprovação de Deus era para ele mais cara do que o favor do mais poderoso potentado terreno -- mais cara mesmo do que a própria vida. Havendo, por sua conduta cortês, obtido o favor de Melzar -- o oficial que tinha a seu cargo os jovens hebreus -- Daniel pediu que lhes concedesse não precisarem comer o manjar da mesa do rei, nem beber de seu vinho. Melzar temia que, condescendendo com este pedido, poderia incorrer no desagrado do rei, e assim pôr em perigo sua própria vida. Semelhante a muitos presentemente, ele pensava que um regime moderado faria que estes jovens se tornassem pálidos e de aparência doentia, e deficientes na força muscular, ao passo que o abundante alimento da mesa do rei os tornaria corados e belos, e promoveria as atividades física e mental. Sa 23 2 Daniel pediu que a questão se decidisse por uma prova de dez dias, sendo permitido aos jovens hebreus, durante esse breve período, comer um alimento simples, enquanto seus companheiros participavam das guloseimas do rei. A petição foi, finalmente, deferida e, então, Daniel se sentiu seguro de que havia ganho sua causa. Conquanto jovem, havia visto os danosos efeitos do vinho e de um viver luxuoso sobre a saúde física e mental. Deus defende seu servo Sa 24 1 Ao fim dos dez dias achou-se ser exatamente o contrário das expectativas de Melzar. Não somente na aparência pessoal, mas em atividade física e vigor mental, aqueles que haviam sido temperantes em seus hábitos exibiram uma notável superioridade sobre seus companheiros que condescenderam com o apetite. Como resultado desta prova, a Daniel e seus companheiros foi permitido continuarem seu regime simples durante todo o curso de seu preparo para os deveres do reino. Sa 24 2 O Senhor recompensou com aprovação a firmeza e renúncia destes jovens hebreus, e Sua bênção os acompanhou. Ele lhes "deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos". Ao expirarem os três anos de preparo, quando sua habilidade e seus conhecimentos foram examinados pelo rei, "entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Ananias, Misael e Azarias; por isso permaneceram diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino". O domínio-próprio como condição de santificação A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do Sa 25 3 que constitui um caráter santificado. Ela apresenta uma lição para todos, e especialmente para os jovens. Uma estrita submissão às reivindicações de Deus é benéfica à saúde do corpo e do espírito. A fim de atingir a mais elevada norma de aquisições morais e intelectuais, é necessário buscar sabedoria e força de Deus e observar estrita temperança em todos os hábitos da vida. Na experiência de Daniel e seus companheiros, temos um exemplo da vitória do princípio sobre a tentação para condescender com o apetite. Ela mostra que, por meio do princípio religioso, os jovens podem triunfar sobre as concupiscências da carne e permanecer leais às reivindicações divinas, embora lhes custe grande sacrifício. Sa 25 1 Que seria de Daniel e seus companheiros se se tivessem comprometido com aqueles oficiais pagãos e cedido à pressão da ocasião, comendo e bebendo como era costume entre os babilônios? Aquele único exemplo de desvio dos princípios lhes teria debilitado a consciência do direito e da aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria envolvido o sacrifício do vigor físico, a clareza do intelecto e o poder espiritual. Um passo errado teria, provavelmente, levado a outros, até que, interrompendo sua conexão com o Céu, teriam sido arrastados pela tentação. Sa 25 2 Disse Deus: "Aos que Me honram honrarei". Enquanto Daniel se apegava a Deus com firme confiança, o Espírito de poder profético vinha sobre ele. Enquanto era instruído pelos homens nos deveres da vida da corte, era por Deus ensinado a ler os mistérios dos séculos futuros e a apresentar às gerações vindouras, mediante números e símiles, as maravilhosas coisas que ocorreriam nos últimos dias. ------------------------Capítulo 3 -- O controle dos apetites e paixões Sa 27 1 "Que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma", é a linguagem do apóstolo Pedro. Muitos consideram este texto como uma advertência unicamente contra a licenciosidade; mas ele tem um significado mais amplo. Proíbe toda satisfação prejudicial do apetite ou paixão. Que ninguém, dentre os que professam piedade, considere com indiferença a saúde do corpo e se lisonjeie pensando que a intemperança não seja pecado e que não afetará sua espiritualidade. Existe uma íntima relação entre a natureza física e a moral. Qualquer hábito que não promova a saúde, degrada as mais elevadas e nobres faculdades. Hábitos errôneos no comer e beber, conduzem a erros no pensar e agir. A condescendência com o apetite fortalece as propensões animais, dando-lhes a ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais. Sa 27 2 É impossível a qualquer pessoa gozar da bênção da santificação enquanto é egoísta e glutona. Muitos gemem sob um fardo de enfermidades, por causa de hábitos errôneos no comer e beber, os quais fazem violência às leis da vida e saúde. Eles estão enfraquecendo seus órgãos digestivos, ao satisfazerem um apetite pervertido. O poder da constituição humana para resistir aos abusos praticados contra ela é maravilhoso; mas os persistentes maus hábitos no excessivo comer e beber enfraquecerão toda a função do corpo. Na satisfação do apetite pervertido ou da paixão, mesmo cristãos professos prejudicam a Natureza em seu trabalho e diminuem a força física, mental e moral. Considerem bem, estas pessoas possuídas de tais fraquezas, o que teriam sido se houvessem vivido dentro das normas da temperança, e promovido uma boa saúde ao invés de desta terem abusado. Não uma norma impossível Sa 28 1 Quando Paulo escreveu: "O mesmo Deus de paz vos santifique em tudo", não exortou seus irmãos a visarem uma norma que lhes era impossível atingir; não orou para que tivessem bênçãos as quais não era a vontade de Deus conceder. Ele sabia que todos os que hão de estar preparados para encontrar a Cristo em paz, precisarão possuir um caráter puro e santo. "Todo aquele que luta, de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós porém, uma incorruptível. Pois eu assim combato não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado". "Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus". Oferta imaculada Sa 29 1 Outra vez, escreve o apóstolo aos crentes: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Específicas determinações haviam sido dadas ao antigo Israel para que não fosse apresentado a Deus nenhum animal defeituoso nem doente. Unicamente o mais perfeito deveria ser escolhido para este fim. O Senhor, por meio do profeta Malaquias, reprovou Seu povo muito severamente por se haver desviado destas instruções. Sa 29 2 "O filho honrará o pai, e o servo ao seu senhor; e, se Eu sou Pai, onde está a Minha honra? e, se Eu sou Senhor, onde está ó Meu temor? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o Meu nome e dissestes: Em que desprezamos nós o Teu nome? Ofereceis sobre o Meu altar pão imundo, e dizeis: Em que Te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível. Porque, quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não faz mal! e, quando ofereceis o coxo ou o enfermo, não faz mal! Ora apresenta-o ao teu príncipe: terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos exércitos ... Vós ofereceis o roubado e o coxo e o enfermo; assim fazeis a oferta: ser-Me-á aceito isto de vossa mão? diz o Senhor". Sa 30 1 Embora dirigidas ao Israel antigo, estas palavras contêm uma lição para o povo de Deus de hoje. Quando o apóstolo apela a seus irmãos para apresentarem seus "corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus", expressa os princípios da verdadeira santificação. Esta não é uma teoria, uma emoção, ou uma forma de palavras, mas um princípio vivo e ativo, que entra na vida diária. Ela requer que nossos hábitos de comer, beber e vestir sejam tais, que nos assegurem a preservação da saúde física, mental e moral, a fim de que possamos apresentar ao Senhor nosso corpo, não como uma oferta corrompida por hábitos errôneos, mas um "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Estimulantes e narcóticos Sa 30 2 A admoestação de Pedro para que nos abstenhamos das concupiscências carnais é a mais direta e enérgica advertência contra o uso de tais estimulantes e narcóticos como o chá, café, fumo, álcool e a morfina. Estas condescendências podem muito bem ser classificadas entre os apetites que exercem uma influência perniciosa sobre o caráter moral. Quanto mais cedo se formam estes hábitos prejudiciais, tanto mais firmemente eles prenderão sua vítima em escravidão ao vício e tanto mais certamente haverão de rebaixar a norma da espiritualidade. Sa 31 1 O ensino da Bíblia fará apenas uma fraca impressão sobre aqueles cujas faculdades estão entorpecidas pela satisfação própria. Milhares sacrificarão não somente a saúde e a vida, mas sua esperança do Céu, antes de intentarem lutar contra seus próprios apetites pervertidos. Uma senhora que por muitos anos professara estar santificada, fez a afirmação de que, se precisasse renunciar seu cachimbo ou o Céu, haveria de dizer: "Adeus, Céu; não posso vencer meu amor ao caximbo". Este ídolo havia sido entronizado no coração, deixando para Jesus um lugar inferior. Contudo, esta mulher professava ser inteiramente do Senhor! Concupiscências que combatem contra a alma Sa 31 2 Onde quer que possam estar, aqueles que estão verdadeiramente santificados haverão de elevar a norma da moral, conservando corretos hábitos físicos e, como Daniel, apresentando aos outros um exemplo de temperança e renúncia. Cada apetite depravado se torna uma concupiscência belicosa. Tudo que combate a lei natural cria um estado doentio na alma. A condescendência com o apetite produz um estômago dispéptico, um fígado entorpecido, um cérebro anuviado e, assim, perverte o temperamento e o espírito do homem. E estas faculdades debilitadas são ofertadas a Deus, que recusava aceitar as vítimas para o sacrifício, a menos que fossem imaculadas! É nosso dever manter nossos apetites e hábitos de vida em conformidade com a lei natural. Se os corpos oferecidos sobre o altar de Cristo fossem examinados com o acurado escrutínio a que se sujeitavam os sacrifícios dos judeus, quem seria aceito? Sa 32 1 Com que cuidado devem os cristãos regularizar seus hábitos, a fim de poderem preservar o vigor todo, de cada faculdade, para o uso no serviço de Cristo! Se queremos ser santificados moral, física e espiritualmente, precisamos viver em conformidade com a lei divina. O coração não pode manter consagração a Deus, enquanto os apetites e paixões são satisfeitos à custa da saúde e da vida. Aqueles que violam as leis das quais depende a saúde, deverão sofrer a penalidade. Eles têm de tal modo limitado suas capacidades em todo sentido, que não podem, devidamente, desempenhar seus deveres para com os semelhantes e assim deixam, totalmente, de atender aos reclamos de Deus. Sa 32 2 Quando a Lord Palmerston, premier da Inglaterra, foi pedido pelo clero escocês para designar um dia de jejum e oração, a fim de livrar o país da cólera, respondeu, com efeito: "Limpai e desinfetai vossas ruas e casas, promovei a limpeza e a saúde entre os pobres, e providenciai para que tenham abundância de bom alimento e vestuário, e executai corretas medidas sanitárias, em geral, e não tereis nenhuma ocasião para jejuar e orar. Tampouco o Senhor ouvirá vossas orações enquanto estas Suas precauções permanecerem desatendidas". Sa 33 1 Diz Paulo: "Purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus". Ele apresenta, para vossa animação, a liberdade desfrutada pelos verdadeiramente santificados: "Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segunda a carne, mas segundo o Espírito". Ele ordena aos gálatas: "Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne". Então nomeia algumas das formas das concupiscências carnais -- "idolatria, bebedices e coisas semelhantes a estas". E, depois de mencionar os frutos do Espírito, entre os quais está a temperança, acrescenta: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências". O fumo Sa 33 2 Tiago afirma que a sabedoria que é do alto, "é, primeiramente pura". Se ele houvesse visto seus irmãos usando o fumo, não teria denunciado essa prática como "terrena, animal e diabólica"? Neste século de luz cristã, quão freqüentemente os lábios que tomam o precioso nome de Cristo são sujados pelo sarro do fumo, e a respiração poluída pelo mau cheiro. Certamente a alma que pode usar tal imundícia, deverá também ser poluída. Ao ver homens que professam desfrutar das bênçãos da completa santificação, enquanto eram escravos do fumo, poluindo tudo ao seu redor, tenho pensado: Como haveria de parecer o Céu com fumantes ali? A Palavra de Deus declara distintamente que nele não entrará "coisa alguma que contamine". Como, pois, podem aqueles que condescendem com este hábito imundo esperar achar entrada ali? Sa 34 1 Homens que professam santidade oferecem o corpo sobre o altar de Satanás e queimam incenso de tabaco a sua majestade satânica. Parece severa esta afirmação? Certamente, o sacrifício é oferecido a alguma divindade. Visto como Deus é puro e santo, e não aceitará coisa de caráter corrupto, Ele recusará este sacrifício dispendioso, imundo e profano; portanto, concluímos que Satanás é quem reclama essa honra. Sa 34 2 Jesus veio para salvar o homem das garras de Satanás. Veio para livrar-nos pelo sangue de Seu sacrifício expiatório. O homem que se tornou propriedade de Deus e cujo corpo é o templo do Espírito Santo, não se escravizará sob o pernicioso hábito de usar o fumo. Suas energias pertencem a Cristo, que o comprou com preço de sangue. Sua propriedade é do Senhor. Como, pois, poderá ele achar-se sem culpa, gastando, diariamente, o capital do Senhor a ele confiado, para satisfazer um apetite que não tem nenhum fundamento em a natureza? Sa 34 3 Uma enorme soma é desperdiçada anualmente com esta condescendência, enquanto almas estão perecendo por falta do pão da vida. Cristãos professos roubam a Deus nos dízimos e ofertas, ao passo que oferecem sobre o altar do apetite destrutor, no uso do fumo, mais do que dão para aliviar os pobres ou suprir as necessidades da causa de Deus. Aqueles que são verdadeiramente santificados, vencerão todo apetite prejudicial. Então todos estes canais de despesas desnecessárias serão voltados para o tesouro do Senhor, e os cristãos tomarão a dianteira na renúncia de si mesmos, no sacrifício próprio e na temperança. Assim serão a luz do mundo. Chá e café Sa 35 1 O chá e o café, do mesmo modo que o fumo, têm efeito prejudicial sobre o organismo. O chá é intoxicante. Conquanto em menor grau, seu efeito é de caráter semelhante ao das bebidas alcoólicas. O café tem muito maior tendência para anuviar o intelecto e entorpecer as energias. Não é tão poderoso como o fumo, mas semelhante em seus efeitos. Os argumentos apresentados contra o fumo podem também ser aplicados contra o uso do café e do chá. Sa 35 2 Quando aqueles que são viciados no uso do chá, café, fumo, ópio ou bebidas alcoólicas são privados de seu costumeiro vício, então acham impossível empenhar-se, com interesse e zelo, na adoração de Deus. A graça divina parece impotente para avivar ou espiritualizar suas orações ou seus testemunhos. Estes professos cristãos deveriam considerar a fonte de seu gozo. É ela de cima, ou de baixo? Sa 36 1 Para o que usa estimulantes, tudo parece insípido sem o vício predileto. Este mata as sensibilidades naturais tanto do corpo como da mente e o tornam menos suscetível à influência do Espírito Santo. Na ausência do estimulante usual, ele tem uma fome física e espiritual, não fome de justiça, nem de santidade, nem da presença de Deus, mas de seu acariciado ídolo. Na satisfação das concupiscências prejudiciais, cristãos professos estão diariamente enfraquecendo suas faculdades, impossibilitando-as de glorificar a Deus. ------------------------Capítulo 4 -- A fornalha ardente Sa 37 1 No mesmo ano em que Daniel e seus companheiros entraram ao serviço do rei de Babilônia, os eventos ocorreram de maneira a provarem severamente a integridade destes jovens hebreus e patentearam, diante de uma nação idólatra, o poder e a fidelidade do Deus de Israel. Sa 37 2 Enquanto o rei Nabucodonosor olhava para a frente com ansiosos pressentimentos a respeito do futuro, teve um sonho notável pelo qual "seu espírito se perturbou, e passou-lhe o seu sono". Contudo, embora esta visão da noite tivesse feito profunda impressão sobre seu espírito, tornou-se-lhe impossível relembrar seus pormenores. Ele recorreu aos seus astrólogos e mágicos e, com promessas de grande riqueza e honra, ordenou-lhes que lhe contassem o sonho e sua interpretação. Mas eles disseram: "Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação". Sa 37 3 O rei sabia que, se eles podiam realmente dar a interpretação poderiam contar o sonho também. O Senhor havia, em Sua providência, dado o sonho a Nabucodonosor e feito com que se esquecesse dos pormenores, ao passo que a terrível impressão lhe ficara na mente, a fim de desmascarar as pretensões dos sábios de Babilônia. O monarca ficou muito irado e afirmou-lhes que todos seriam mortos se, num dado tempo, o sonho não fosse revelado. Daniel e seus companheiros deveriam perecer com os falsos profetas; mas, com perigo da vida, Daniel aventurou-se a entrar na presença do rei, a fim de lhe implorar que concedesse tempo para revelar o sonho e a interpretação. Sa 38 1 A este pedido, o monarca acedeu; e então Daniel reuniu seus três companheiros e, juntos, levaram o assunto perante Deus, buscando sabedoria da Fonte de luz e conhecimento. Embora estivessem na corte do rei, cercados de tentações, eles não esqueciam sua dependência de Deus. Eram inabaláveis quanto à consciência que tinham de que Sua providência os havia colocado onde estavam; de que estavam fazendo Seu trabalho, enfrentando as exigências da verdade e do dever. Tinham confiança em Deus. Haviam-se voltado para Ele em busca de força quando em perplexidade e perigo, e o Senhor lhes fora um auxílio sempre presente. O segredo revelado Sa 38 2 Os servos de Deus não pleitearam com Ele em vão. Haviam-nO honrado, e na hora da provação Ele os honrou, também. O segredo foi revelado a Daniel, e ele se apressou a requerer uma entrevista com o rei. Sa 39 1 O cativo judeu está perante o monarca do mais poderoso império sobre o qual o Sol já brilhou. O rei está em grande aflição no meio de todas as suas riquezas e glória; mas o jovem exilado está calmo e sente-se feliz em seu Deus. Agora, mais que nunca, é o tempo para Daniel exaltar-se, para tornar preeminente sua própria bondade e superior sabedoria. Mas seu primeiro esforço foi declarar sua despretensão a todas as honras e exaltar a Deus como a fonte da sabedoria: Sa 39 2 "O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei; mas há um Deus nos Céus, o qual revela os segredos; Ele pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias". O rei escuta com solene atenção, enquanto é reproduzido cada pormenor do sonho; e quando a interpretação é fielmente dada, ele sente que pode confiar nela como uma revelação divina. Sa 39 3 As solenes verdades comunicadas nesta visão da noite fizeram uma profunda impressão na mente do soberano e, em humildade e reverência, ele caiu prostrado e adorou, dizendo: "Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos". A imagem de ouro Sa 40 1 Fora permitido que brilhasse sobre o rei Nabucodonosor luz direta do Céu, e por pouco tempo ele ficou influenciado pelo temor de Deus. Mas uns poucos anos de prosperidade encheram-lhe o coração de orgulho, e ele esqueceu o conhecimento do Deus vivo. Tornou-se para sua adoração de ídolos, com zelo e beatice aumentados. Sa 40 2 Com os tesouros obtidos na guerra, ele fez uma imagem de ouro para representar aquela que havia visto em seu sonho, colocando-a na planície de Dura e ordenando a todos os governadores e povo que a adorassem, sob pena de morte. Esta estátua era de cerca de trinta metros de altura por três de largura, e aos olhos daquele povo idólatra ela apresentava aparência muito imponente e majestosa. Foi feita uma proclamação, convocando todos os oficiais do reino a fim de se reunirem para a dedicação da imagem e, ao som dos instrumentos musicais, prostrarem-se e adorarem-na. Se alguém deixasse de fazê-lo, seria imediatamente lançado dentro de uma fornalha ardente. Não temeram a ira do rei Sa 40 3 Chegou o dia aprazado e a vasta multidão está reunida, quando é trazida ao rei a notícia de que os três hebreus que ele havia colocado sobre a província de Babilônia se recusavam a adorar a imagem. Estes são os três companheiros de Daniel, aos quais o rei havia dado os nomes de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Cheio de ira, o monarca os chama a sua presença e, apontando para a fornalha ardente, diz-lhes qual será sua punição se recusarem obediência à sua vontade. Sa 41 1 Em vão foram as ameaças do rei. Ele não pôde demover estes nobres homens de sua fidelidade ao grande Governador das nações. Eles haviam aprendido da história de seus pais que desobediência a Deus significava desonra, desastre e ruína; que o temor do Senhor não é somente o princípio da sabedoria, mas o fundamento de toda verdadeira prosperidade. Eles olham com calma para a fornalha inflamada e a multidão idólatra. Tinham confiado em Deus e Ele não os desamparará agora. Sua resposta é respeitosa, mas decidida: "Fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de outro que levantaste". Sa 41 2 O orgulhoso monarca está cercado por seus grandes, os auxiliares do governo, e pelo exército que conquistou nações; e todos se unem em aplaudi-lo como tendo a sabedoria e o poder dos deuses. No meio desta imponente exibição, estão os três jovens hebreus, firmes em sua recusa quanto a obedecer ao decreto do rei. Haviam sido obedientes às leis de Babilônia, tanto quanto não entravam em conflito com as ordens de Deus; mas não se desviariam um fio de cabelo do dever para com seu Criador. Sa 42 1 A ira do rei não conheceu limites. No próprio auge de seu poder e glória, ser assim desafiado pelos representantes de uma raça desprezada e cativa, era um insulto que seu espírito orgulhoso não podia suportar. Tendo a fornalha ardente sido aquecida sete vezes mais do que antes, nela foram lançados os três exilados hebreus. Tão furiosas eram as chamas, que os homens que os lançaram morreram queimados. Na presença do infinito Sa 42 2 De repente, o semblante do rei empalideceu de horror. Seus olhos se fixaram nas chamas ardentes e, voltando-se para seus lordes, disse: "Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo?" A resposta foi: "É verdade, ó rei". E então exclama o monarca: "Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e nada há de lesão neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao Filho dos deuses". Sa 42 3 Quando Cristo Se manifesta aos filhos dos homens, um poder invisível fala a seu coração. Eles sentem que estão na presença do Infinito. Perante Sua majestade, tremem os reis e nobres e reconhecem que o Deus vivo é acima de todo poder terreno. Sa 42 4 Com sentimentos de remorso e vergonha, o rei exclamou: "Servos do Deus Altíssimo, saí e vinde". E eles obedeceram, apresentando-se ilesos perante aquela vasta multidão, não tendo nem mesmo o cheiro do fogo sobre suas vestes. Este milagre operou uma admirável mudança na mente do povo. A grande imagem de ouro, levantada com tanta pompa, foi esquecida. O rei publicou um decreto pelo qual qualquer pessoa que falasse contra o Deus destes homens seria morto, "porquanto não há outro Deus que possa livrar como Este". Firme integridade e a vida santificada Sa 43 1 Estes três hebreus possuíam genuína santificação. O verdadeiro princípio cristão não para a fim de pesar as conseqüências. Não pergunta: "Que pensará de mim o povo se eu fizer isto?" ou quanto afetará meus planos, se eu fizer aquilo?" Com o mais intenso anseio os filhos de Deus desejam saber o que Ele quer que façam, para que suas obras O glorifiquem. O Senhor tomou amplas providências para que o coração e a vida de todos os Seus seguidores possam ser controlados pela graça divina e sejam quais luzes ardentes e brilhantes no mundo. Sa 43 2 Estes fiéis hebreus possuíam grande habilidade natural, haviam gozado da mais elevada cultura intelectual e ocupavam uma posição de honra; mas tudo isto não os levou a se esquecerem de Deus. Suas faculdades se renderam à santificadora influência da graça divina. Por sua firme integridade, publicaram os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Em seu admirável livramento, foram exibidos, perante aquela vasta multidão, o poder e a majestade de Deus. O próprio Jesus Se colocou ao seu lado na fornalha ardente e, pela glória de Sua presença, convenceu o orgulhoso rei de Babilônia de que não podia ser outro senão o Filho de Deus. A luz do Céu havia estado a irradiar de Daniel e seus companheiros até que seus colegas compreenderam a fé que lhes enobrecia a vida e embelezava o caráter. Pelo livramento de Seus servos fiéis, o Senhor declara que tomará o lado dos oprimidos e subverterá todos os poderes terrenos que procurarem espezinhar a autoridade do Deus do Céu. Uma lição para o pusilânime Sa 44 1 Que lição há aqui para o pusilânime, vacilante, covarde na causa de Deus! Que encorajamento para aqueles que não se desviarão do dever por ameaças ou perigos! Estes caracteres fiéis e inabaláveis exemplificam a santificação, ao passo que eles não têm nenhum intuito de reclamar a elevada honra. A soma de bens que poderão ser praticados por devotos cristãos, conquanto comparativamente obscuros, não poderá ser avaliada sem que os registros da vida sejam revelados, quando se iniciar o juízo e os livros forem abertos. Sa 45 1 Cristo identifica Seu interesse com os desta classe; não Se envergonha de chamá-los Seus irmãos. Deveria haver centenas onde agora existe um entre nós, tão intimamente aliados a Deus, sua vida em tal conformidade com Sua vontade que fossem luzes brilhantes e resplendentes, inteiramente santificados física, moral e espiritualmente. Sa 45 2 Ainda prossegue o conflito entre os filhos da luz e os filhos das trevas. Aqueles que se dizem cristãos devem sacudir a letargia que debilita seus esforços e enfrentar as solenes responsabilidades que repousam sobre eles. Todos os que fazem isto podem esperar que o poder de Deus se revele neles. O Filho de Deus, o Redentor do mundo, será representado em suas palavras e obras, e o nome de Deus será glorificado. Sa 45 3 "Como nos dias de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, também no período terminal da história terrena o Senhor operará poderosamente em favor daqueles que se postam inabalavelmente do lado do direito. Aquele que passeou com os valorosos hebreus na ígnea fornalha, estará com Seus seguidores onde quer que estejam. Sua permanente presença os haverá de confortar e sustentar. No meio do tempo de prova -- prova tal qual nunca houve desde que há uma nação -- Seus escolhidos permanecerão sem serem tocados. Satanás, com todas as hostes do mal, não poderá destruir nem o mais fraco dos santos. Anjos que excedem em poder, protegê-los-ão e, em seu favor, Jeová Se manifestará como um 'Deus dos deuses', capaz para salvar perfeitamente aqueles que nEle puseram sua confiança". -- Profetas e Reis, 513. ------------------------Capítulo 5 -- Daniel na cova dos leões Sa 47 1 Quando Dario tomou posse do trono de Babilônia, imediatamente procedeu à reorganização do governo. Constituiu "sobre o reino a cento e vinte presidentes", e "sobre eles três príncipes, dos quais Daniel era um [o primeiro, segundo a versão inglesa]". E "Daniel se distinguiu destes príncipes e presidentes, porque nele havia um espírito excelente; o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino". As honras conferidas a Daniel excitaram a inveja dos principais homens do reino. Os presidentes e príncipes procuraram achar ocasião para se queixarem contra ele. "Mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa". Sa 47 2 Que lição se apresenta aqui para todos os cristãos! Os sagazes olhos da inveja foram fixados sobre Daniel dia após dia; sua vigilância foi aguçada pelo ódio; contudo, nem uma palavra ou ato de sua vida puderam eles fazer com que parecesse mal. Todavia, ele não se jactava de santificação; mas fazia o que era infinitamente melhor -- vivia uma vida de fidelidade e consagração. Uma trama satânica Sa 48 1 Quanto mais irrepreensível a conduta de Daniel, tanto mais ódio ela excitava contra ele em seus inimigos. Eles se encheram de raiva, porque não puderam encontrar nada em seu caráter moral ou no desempenho de seus deveres sobre que basear uma queixa contra ele. "Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus". Três vezes ao dia, Daniel orava ao Deus do Céu. Esta era a única acusação que poderia ser apresentada contra ele. Sa 48 2 Uma trama foi então delineada para levar a cabo sua destruição. Seus inimigos reuniram-se no palácio e suplicaram ao rei que baixasse um decreto, pelo qual nenhuma pessoa em todo o reino deveria pedir coisa alguma quer de Deus, quer de homem, a não ser de Dario, o rei, durante um espaço de trinta dias, e qualquer violação deste edito seria punida, atirando-se o culpado na cova dos leões. O rei nada sabia do ódio destes homens contra Daniel e não suspeitava que este decreto haveria de, por qualquer modo, prejudicá-lo. Sa 48 3 Mediante a lisonja, eles fizeram o monarca acreditar que seria grandemente para sua honra a publicação deste edito. Com um sorriso de satânico triunfo, eles saíram da presença do rei e regozijaram-se por causa da armadilha que haviam preparado para o servo de Deus. Um exemplo de coragem e fidelidade Sa 49 1 O decreto é proclamado pelo rei. Daniel está a par do propósito de seus inimigos, de o destruírem. Mas ele não muda sua maneira de proceder em um único pormenor. Com calma, executa seus costumeiros deveres e, na hora da oração, vai a sua câmara e, com as janelas abertas para o lado de Jerusalém, dirige suas petições ao Deus do Céu. Por seu procedimento, declara destemidamente que nenhum poder terreno tem o direito de interferir entre ele e seu Deus e dizer-lhe a quem deveria orar ou deixar de fazê-lo. Homem de princípios nobres! Ele se mantém ainda hoje perante o mundo como um louvável exemplo de coragem e fidelidade cristã. Volta-se para Deus com toda a alma, coração, conquanto saiba que a morte é a pena de sua devoção. Sa 49 2 Seus adversários observam-no um dia inteiro. Três vezes retirou-se para sua câmara, e três vezes foi ouvida a voz de fervente intercessão. Na manhã seguinte é apresentada ao rei a queixa de que Daniel, um dos cativos de Judá, desafiou seu decreto. Quando o monarca ouviu estas palavras, seus olhos imediatamente se abriram para ver a armadilha que havia sido preparada. Ficou profundamente descontente consigo mesmo, por haver publicado tal decreto, e trabalhou até ao pôr do Sol para descobrir um plano mediante o qual Daniel pudesse ser libertado. Mas os inimigos de Daniel haviam antecipado isto, e vieram ao rei com estas palavras: "Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine, se pode mudar. Sa 50 1 "Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E, falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, Ele te livrará". Uma pedra foi colocada sobre a boca da cova e selada com o selo real. "Então o rei dirigiu-se para o seu palácio, e passou a noite em jejum, e não deixou trazer a sua presença instrumentos de música; e fugiu dele o sono". "Meu Deus enviou o seu anjo" Sa 50 2 Muito cedo, de manhã, o monarca dirigiu-se apressadamente à cova dos leões e gritou: "Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?" A voz do profeta foi ouvida em resposta: "Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o Seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dEle; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum." Sa 50 3 "Então o rei muito se alegrou em si mesmo, e mandou tirar Daniel da cova: assim foi tirado Daniel da cova, e nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus". Assim foi livrado o servo de Deus. E a armadilha que seus inimigos armaram para a destruição dele, provou-se ser para sua própria ruína. Por ordem do rei eles foram lançados na mesma cova e, instantaneamente, devorados pelos animais selvagens. ------------------------Capítulo 6 -- As orações de Daniel Sa 52 1 Ao aproximar-se o tempo para a terminação dos setenta anos do cativeiro, Daniel começou a preocupar-se grandemente a respeito das profecias de Jeremias. Vira que estava próximo o tempo em que Deus haveria de dar outra oportunidade a Seu povo escolhido; e, mediante jejum, humilhação e oração, importunava o Deus do Céu em favor de Israel, com estas palavras: "Ó Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que Te amam e guardam os Teus mandamentos; pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos Teus mandamentos e dos Teus juízos; e não demos ouvidos aos Teus servos, os profetas, que em Teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes, e nossos pais, como também a todo o povo da Terra". Sa 52 2 Daniel não proclamava diante do Senhor sua própria fidelidade. Em vez de se confessar puro e santo, este honrado profeta se identificava com Israel, realmente pecador. A sabedoria que Deus lhe havia concedido era tanto maior que a dos grandes homens do mundo quanto a luz do Sol que brilha nos céus é mais resplendente do que a mais pálida estrela. Todavia, ponderai a oração dos lábios deste homem tão altamente favorecido pelo Céu. Com profunda humildade, com lágrimas e coração lacerado, ele intercede por si e por seu povo. Estende seu coração aberto perante Deus, confessando sua própria indignidade e reconhecendo a grandeza e majestade do Senhor. Zelo e fervor Sa 53 1 Que zelo e fervor caracterizam suas súplicas! A mão da fé se alça para agarrar as infalíveis promessas do Altíssimo. Sua alma luta em agonia. E ele tem a evidência de que sua oração é ouvida. Sabe que a vitória é sua. Se nós, como um povo, orássemos como Daniel e lutássemos como ele lutou, humilhando nosso coração perante Deus, haveríamos de presenciar tão notáveis respostas às nossas petições quanto as que foram dadas a Daniel. Ouvi como ele expõe seu caso à corte celestial: Sa 53 2 "Inclina, ó Deus meu, os Teus ouvidos, e ouve: abre os Teus olhos, e olha para a nossa desolação, e para a cidade que é chamada pelo Teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças, mas em Tuas muitas misericórdias. Ó Senhor, ouve; ó Senhor perdoa; ó Senhor atende-nos e opera sem tardar; por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo se chamam pelo Teu nome". Sa 53 3 O homem de Deus orava pela bênção do Céu sobre seu povo e por um mais claro conhecimento da vontade divina. O fardo de seu coração era Israel, o qual não estava, num sentido restrito, observando a lei de Deus. Ele reconhecia que todos os seus infortúnios vieram sobre Israel em consequência de suas transgressões dessa lei santa. Diz ele: "Pecamos; obramos impiamente ... Por causa das iniqüidades de nossos pais, tornou-se Jerusalém e o Teu povo um opróbrio para todos os que estão em redor de nós". Os judeus haviam perdido seu peculiar e santo caráter como o povo escolhido de Deus. "Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do Teu servo, e as suas súplicas, e sobre o Teu santuário assolado faze resplandecer o Teu rosto, por amor do Senhor". O coração de Daniel volta-se com intensa saudade para o desolado santuário de Deus. Ele sabe que sua prosperidade só poderá ser restaurada, ao arrepender-se Israel de suas transgressões contra a lei de Deus e tornar-se humilde, fiel e obediente. O mensageiro celestial Sa 54 1 Ao prosseguir a oração de Daniel, o anjo Gabriel vem voando das cortes celestiais para lhe dizer que suas petições foram ouvidas e atendidas. Este poderoso anjo é comissionado para dar-lhe perícia e compreensão -- para abrir perante ele os mistérios dos séculos futuros. Assim, enquanto ardentemente buscava saber e compreender a verdade, Daniel foi levado em comunhão com o mensageiro delegado pelo Céu. Sa 55 1 Em resposta a sua petição, Daniel recebeu não somente a luz e a verdade de que ele e seu povo mais precisavam, mas uma visão dos grandes eventos do futuro mesmo até o advento do Redentor do mundo. Aqueles que professam estar santificados, ao passo que não têm nenhum desejo de examinar as Escrituras ou lutar com Deus em oração por uma compreensão mais clara da verdade bíblica, não sabem o que é a verdadeira santificação. Sa 55 2 Daniel falava com Deus. O Céu estava aberto perante ele. Mas as elevadas honras conferidas a ele eram o resultado da humilhação e fervorosa comunhão com Deus. Todos os que, de coração, crêem na Palavra de Deus, terão fome e sede de um conhecimento de Sua vontade. Deus é o autor da verdade. Ele ilumina o entendimento obscurecido e dá à mente humana poder para apreender e compreender as verdades que revelou. Em busca da sabedoria de Deus Sa 55 3 Na ocasião que acaba de ser descrita, o anjo Gabriel deu a Daniel toda instrução que ele estava habilitado a receber. Uns poucos anos mais tarde, contudo, o profeta desejou conhecer mais a respeito dos assuntos não explicados inteiramente e, de novo, pôs-se a buscar luz e sabedoria de Deus. "Naqueles dias eu Daniel, estive triste por três semanas completas. Manjar desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento... E levantei os meus olhos, e olhei, e vi um homem vestido de linho, e os seus lombos cingidos com ouro fino de Ufaz; e o seu corpo era como turquesa, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e seus pés como cor de bronze polido; e a voz das suas palavras como a voz duma multidão". Sa 56 1 Esta descrição é semelhante àquela dada por João quando Cristo foi revelado a ele na ilha de Patmos. Não foi outro personagem senão o Filho de Deus que apareceu a Daniel. Nosso Senhor vem com outro mensageiro celestial para ensinar a Daniel o que aconteceria nos últimos dias. Sa 56 2 As grandes verdades reveladas pelo Redentor do mundo são para aqueles que procuram a verdade como a tesouros escondidos. Daniel era um homem idoso. Sua vida tinha sido passada no meio das fascinações de uma corte pagã; sua mente havia lidado com os negócios de um grande império. Todavia, ele se volta de tudo isto para afligir seu coração diante de Deus e buscar um conhecimento dos propósitos do Altíssimo. E, em resposta a suas súplicas, foi comunicada luz das cortes celestiais aos que haveriam de viver nos últimos dias. Com que zelo, pois, deveríamos nós buscar a Deus, para que Ele nos abra o entendimento a fim de compreender as verdades trazidas do Céu para nós. Sa 56 3 "E só eu, Daniel, vi aquela visão; os homens que estavam comigo não a viram: não obstante, caiu sobre eles um grande temor e fugiram, escondendo-se ... E não ficou força em mim; e transmudou-se em mim a minha formosura em desmaio, e não retive força alguma". Todos os que estão verdadeiramente santificados, hão de ter experiência semelhante. Quanto mais claras suas visões da grandeza, glória e perfeição de Cristo, tanto mais vividamente verão sua própria fraqueza e imperfeição. Não terão nenhuma disposição para dizer que têm caráter impecável; aquilo que neles tem parecido correto e conveniente, aparecerá, em contraste com a pureza e glória de Cristo, somente indigno e corruptível. É quando os homens estão separados de Deus, quando têm muito indistintas visões de Cristo, que dizem: "Eu estou sem pecado; estou santificado". Sa 57 1 Gabriel apareceu ao profeta e assim se dirigiu a ele: "Daniel, homem mui desejado, está atento às palavras que te vou dizer, e levanta-te sobre os teus pés; porque eis que te sou enviado. E, falando ele comigo estas palavras, eu estava tremendo. Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras". Honras reais prestadas a Daniel Sa 57 2 Que grande honra é outorgada a Daniel pela Majestade do Céu! Conforta Seu servo tremente e lhe assegura que sua oração foi ouvida no Céu. Em resposta àquela fervorosa petição, o anjo Gabriel foi enviado para influenciar o coração do rei persa. O monarca havia resistido às impressões do Espírito de Deus durante as três semanas em que Daniel estivera jejuando e orando, mas o Príncipe dos Céus, o Arcanjo Miguel, foi enviado para convencer o coração do obstinado rei, a fim de que tomasse alguma decisão para atender à oração de Daniel. Sa 58 1 "E, falando ele comigo estas palavras, abaixei o meu rosto, e emudeci. E eis que uma como semelhança dos filhos dos homens me tocou os lábios ... e disse: Não temas, homem mui desejado, paz seja contigo; anima-te, sim, anima-te. E, falando ele comigo, esforcei-me, e disse: Fala, meu Senhor, porque me confortaste". Tão grande foi a glória divina revelada a Daniel, que não pôde suportar a visão. Então o mensageiro celestial velou o resplendor de sua presença e apareceu ao profeta na "semelhança dos filhos dos homens". Por seu divino poder, fortaleceu este homem de integridade e fé, para ouvir a mensagem divina a ele enviada. Sa 58 2 Daniel foi um devoto servo do Altíssimo. Sua longa vida foi repleta de nobres feitos de serviço para seu Mestre. Sua pureza de caráter e inabalável fidelidade são igualadas unicamente por sua humildade de coração e contrição diante de Deus. Repetimos: A vida de Daniel é uma inspirada ilustração da verdadeira santificação. ------------------------Capítulo 7 -- O caráter de João Sa 59 1 O apóstolo João distinguiu-se entre seus irmãos como o "discípulo a quem Jesus amava". Conquanto não fosse tímido, fraco ou de caráter vacilante, ele possuía uma disposição amável e um coração ardente e afetuoso. Ele parece ter gozado, num sentido preeminente, a amizade de Cristo e recebido muitas provas da confiança e amor do Salvador. Foi um dos três a quem se permitiu testemunhar a glória de Cristo sobre o monte da transfiguração e Sua agonia no Getsêmani; e, ao seu cuidado, nosso Senhor confiou Sua mãe naquelas últimas horas de angústia sobre a cruz. Sa 59 2 A afeição do Salvador pelo discípulo amado foi retribuída com toda a força de uma devoção ardente. Ele se apegou a Cristo como a videira se apega às suntuosas colunas. Por amor de seu Mestre, enfrentou os perigos da sala do julgamento e demorou-se junto da cruz; e, ante as novas de que Cristo havia ressurgido, correu ao sepulcro, sobrepujando, em seu zelo, mesmo o impetuoso Pedro. Sa 59 3 O amor de João por seu Mestre não era uma simples amizade humana; mas sim o amor de um pecador arrependido, que reconhecia haver sido redimido pelo precioso sangue de Cristo. Ele considerava a mais elevada honra trabalhar e sofrer no serviço de seu Senhor. Seu amor por Jesus o levava a amar todos aqueles por quem Cristo morrera. Sua religião era de caráter prático. Arrazoava que o amor a Deus se manifestaria no amor a Seus filhos. Podia ser ouvido dizendo repetidas vezes: "Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros". "Nós O amamos a Ele porque nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?" A vida do apóstolo estava em harmonia com seus ensinos. O amor por Cristo, que ardia em seu coração, levava-o a prestar o mais zeloso e incansável serviço por seus semelhantes, especialmente por seus irmãos na igreja cristã. Ele era um poderoso pregador, fervoroso e profundo em zelo, e suas palavras levavam consigo um peso de convicção. Uma nova criatura por meio da graça Sa 60 1 O confiante amor e a desinteressada devoção manifestados na vida e caráter de João, apresentam lições de incontável valor para a igreja cristã. Alguns podem representá-lo como possuindo esse amor independente da graça divina; mas João tinha, por natureza, sérios defeitos de caráter; era orgulhoso e ambicioso, e pronto para ressentir-se pelo escárnio e ofensa. Sa 60 2 A profundidade e o fervor da afeição de João por seu Senhor, não eram a causa do amor de Cristo por ele, mas o efeito desse amor. João desejava tornar-se semelhante a Jesus e, sob a transformadora influência de Seu poder, tornou-se manso e humilde de coração. O eu foi escondido em Jesus. Ele estava intimamente unido à Videira Viva e assim se tornou participante da natureza divina. Tal será sempre o resultado da comunhão com Cristo. Isto é verdadeira santificação. Sa 61 1 Pode haver notáveis defeitos no caráter de um indivíduo; contudo, quando ele se torna um verdadeiro discípulo de Cristo, o poder da graça divina faz dele uma nova criatura. O amor de Cristo o transforma e santifica. Mas quando as pessoas professam ser cristãs e sua religião não faz que sejam melhores homens e mulheres em todas as relações da vida -- representações vivas de Cristo no temperamento e no caráter -- não são dEle. Lições sobre edificação do caráter Sa 61 2 Certa ocasião, João empenhou-se numa disputa com vários de seus irmãos sobre qual deles seria considerado o maior. Não queriam que suas palavras alcançassem os ouvidos do Mestre; mas Jesus lia-lhes o coração e aproveitou a oportunidade para dar a Seus discípulos uma lição de humildade. Esta lição não foi somente para o pequeno grupo que escutou Suas palavras, mas devia ser registrada para o bem de todos os Seus seguidores até o fim dos tempos. "E Ele, assentando-Se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos". Sa 62 1 Aqueles que possuem o Espírito de Cristo não terão nenhuma ambição de ocupar uma posição sobre seus irmãos. São aqueles que são pequenos aos seus próprios olhos que serão considerados grandes à vista de Deus. "E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles, e, tomando-o nos Seus braços, disse-lhes: Qualquer que recebe um destes meninos em Meu nome a Mim Me recebe; e qualquer que a Mim Me receber, recebe, não a Mim mas ao que Me enviou". Sa 62 2 Que preciosa lição é esta para todos os seguidores de Cristo! Aqueles que passam por alto os deveres da vida, que jazem diretamente em seu caminho, e negligenciam a misericórdia e a bondade, a cortesia e o amor, mesmo que seja para com uma criancinha, estão rejeitando a Cristo. João sentiu a força desta lição e foi beneficiado por ela. Sa 62 3 Em outra ocasião, seu irmão Tiago e ele viram um homem expulsando demônios em nome de Jesus; e, porque esse não se unira imediatamente a seu grupo, decidiram que não tinha nenhum direito para fazer esse trabalho e, conseqüentemente, proibiram-no. Na sinceridade de seu coração, João relatou a circunstância a seu Mestre. Jesus disse: "Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagres em Meu nome e possa logo falar mal de Mim. Porque quem não é contra nós é por nós". Sa 63 1 De outra feita Tiago e João apresentaram, por intermédio de sua mãe, uma petição rogando que lhes fosse permitido ocuparem as mais elevadas posições de honra no reino de Cristo. O Salvador respondeu: "Não sabeis o que pedis". Quão pouco muitos de nós compreendemos da verdadeira importância de nossas orações! Jesus conhecia o infinito sacrifício pelo qual seria adquirida aquela glória quando, "pelo gozo que Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta". Esse gozo era por ver almas salvas por Sua humilhação, Sua agonia e o derramamento de Seu sangue. Sa 63 2 Esta era a glória que Cristo estava para receber e que estes dois discípulos pediram lhes fosse permitido partilhar. Jesus lhes perguntou: "Podeis vós beber o cálice que Eu bebo, e ser batizados com o batismo com que Eu sou batizado? E eles Lhe disseram: Podemos". Sa 63 3 Quão pouco compreendiam o que esse batismo significava! "Jesus, porém, disse-lhes: Em verdade sereis batizados com o batismo com que Eu sou batizado; mas o assentar-se à Minha direita, ou à Minha esquerda, não Me pertence a Mim concedê-los, mas isso é para aqueles a quem está reservado". O orgulho e a ambição reprovados Sa 63 4 Jesus compreendeu os motivos que incitaram aquele pedido e assim reprovou o orgulho e a ambição dos dois discípulos: "Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes, delas se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos". Sa 64 1 Certa ocasião, Cristo enviou mensageiros diante dEle a uma vila de samaritanos, pedindo ao povo que preparasse pousada para Ele e Seus discípulos. Mas quando o Salvador Se aproximou da vila, pareceu como quem estava de passagem para Jerusalém. Isto suscitou a inimizade dos samaritanos, e em vez de mandarem mensageiros para O convidarem e mesmo estarem com Ele para hospedar-Se em seu meio, recusaram-Lhe as cortesias que teriam prestado a um viajante comum. Jesus nunca obriga alguém a aceitá-Lo, de modo que os samaritanos perderam a bênção que lhes teria sido concedida, caso Lhe houvessem solicitado para ser seu hóspede. Sa 64 2 Nós nos podemos admirar do descortês tratamento dado à Majestade do Céu; mas quão freqüentemente nós, que professamos ser seguidores de Cristo, somos culpados de semelhante negligência! Insistimos com Jesus para tomar posse de Sua habitação em nosso coração e nosso lar? Ele está repleto de amor, de graça, de bênção, e está pronto para conceder-nos estas dádivas; mas, como os samaritanos, nós muitas vezes nos contentamos sem elas. Sa 65 1 Os discípulos sabiam do propósito de Cristo para abençoar aos samaritanos com Sua presença; e quando viram a frieza, os ciúmes e o desrespeito manifestados para com seu Mestre, encheram-se de surpresa e indignação. Especialmente Tiago e João ficaram irritados. Aquele que eles tão grandemente reverenciavam, ser assim tratado, parecia-lhes um crime demasiado grande para ser passado por alto sem imediata punição. Em seu zelo, disseram: "Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?" referindo-se à destruição dos capitães sírios e suas companhias, que foram enviados para prender o profeta Elias. Sa 65 2 Jesus repreendeu Seus discípulos, dizendo: "Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las". João e seus condiscípulos estavam numa escola, da qual Cristo era o professor. Aqueles que estavam prontos para ver seus próprios defeitos e ansiosos por melhorar o caráter, tinham ampla oportunidade. João entesourava cada lição e constantemente procurava conduzir sua vida em harmonia com o Padrão Divino. As lições de Jesus, apresentando a mansidão, a humildade e o amor como essenciais ao crescimento da graça e à adaptação para Seu trabalho, eram altamente avaliadas por João. Essas lições são dirigidas a nós como indivíduos e irmãos na igreja, tão bem como os primeiros discípulos de Cristo. João e Judas Sa 66 1 Uma lição instrutiva pode ser tirada do frisante contraste entre o caráter de João e o de Judas. João era uma ilustração viva da santificação. De outro lado, Judas possuía uma forma de piedade, ao passo que seu caráter era mais satânico do que divino. Professava ser discípulo de Cristo, mas negava-O em palavras e obras. Sa 66 2 Judas tinha as mesmas preciosas oportunidades que João para estudar e imitar o Modelo. Ele escutava as lições de Cristo e seu caráter poderia ter sido transformado pela graça divina. Porém, enquanto João lutava ardorosamente contra suas próprias faltas e procurava assemelhar-se a Cristo, Judas violava sua consciência, rendia-se à tentação e fortalecia em si hábitos de desonestidade, que o transformariam na imagem de Satanás. Sa 66 3 Estes dois discípulos representam o mundo cristão. Todos professam ser seguidores de Cristo; porém, enquanto uma classe anda em humildade e mansidão, aprendendo de Jesus, a outra mostra que eles não são obradores da Palavra, mas unicamente ouvintes. Uma classe é santificada pela verdade; a outra, nada conhece do poder transformador da graça divina. A primeira é daqueles que diariamente estão morrendo para o eu e vencendo o pecado. A última é daqueles que estão condescendendo com as concupiscências e se tornando servos de Satanás. ------------------------Capítulo 8 -- O ministério de João Sa 67 1 O apóstolo João passara a infância na sociedade dos incultos pescadores galileus. Não gozara do preparo das escolas, mas, pela comunhão com Cristo, o grande Ensinador, obteve a mais elevada educação que o homem mortal pode receber. Sorveu avidamente da fonte da Sabedoria e, então, procurou conduzir outros àquela fonte de água que salta "para a vida eterna". A simplicidade de suas palavras, o sublime poder das verdades por ele anunciadas e o fervor espiritual que caracterizavam seus ensinos, davam-lhe acesso a todas as classes. Contudo, mesmo os crentes não podiam compreender os sagrados mistérios da verdade divina esclarecida em seus discursos. Ele parecia estar constantemente imbuído do Espírito Santo. Procurava induzir o povo a apegar-se ao invisível. A sabedoria com a qual ele falava, fazia que suas palavras caíssem como o orvalho, abrandando e subjugando a alma. Sa 67 2 Depois da ascensão de Cristo, João tornara-se um fiel, ardente trabalhador pelo Mestre. Juntamente com outros, gozara do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes e, com zelo e poder novos, continuou falando ao povo as palavras da vida. Foi ameaçado de prisão e morte, mas não se deixou intimidar. Sa 68 1 Multidões de todas as classes saem para ouvir a pregação dos apóstolos e são curadas as suas enfermidades mediante o nome de Jesus -- esse nome tão odiado entre os judeus. Os sacerdotes e príncipes tornam-se frenéticos em sua oposição, ao verem que os doentes são curados e o nome de Jesus é exaltado como o Príncipe da vida. Eles temem que em breve todo o mundo haverá de crer nEle e então os acusem de assassinos do poderoso Médico. Mas quanto maiores seus esforços para impedirem este excitamento, tanto mais crêem nEle os homens e se apartam dos ensinos dos escribas e fariseus. Enchem-se de indignação e, lançando mão de Pedro e João, atiram-nos na prisão comum. Porém, o anjo do Senhor, de noite, abre as portas da prisão, tira-os para fora e lhes diz: "Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida". Sa 68 2 Com fidelidade e zelo, João testemunhou de seu Senhor em toda a ocasião oportuna. Ele viu que os tempos eram cheios de perigos para a igreja. Por toda parte existiam enganos satânicos. A mente do povo vagueava por labirintos de cepticismo e de doutrinas enganosas. Alguns que professavam ser fiéis à causa de Deus, eram enganadores. Negavam a Cristo e Seu evangelho, estavam produzindo danosas heresias e vivendo em transgressão da lei divina. O tema favorito de João Sa 69 1 O tema favorito de João era o infinito amor de Cristo. Ele cria em Deus como uma criança crê num pai bondoso e terno. Compreendia o caráter e obra de Jesus; e quando via seus irmãos judeus caminhando às apalpadelas, sem nenhum raio do Sol da Justiça para lhes iluminar o caminho, ansiava por lhes apresentar Cristo, a Luz do mundo. Sa 69 2 O fiel apóstolo via que a cegueira deles, o orgulho, a superstição e a ignorância quanto às Escrituras estavam-lhes pondo a vida em grilhões que nunca mais se partiriam. O preconceito e o ódio que obstinadamente nutriam contra Cristo, estavam trazendo a ruína sobre eles como uma nação e destruindo sua esperança de vida eterna. Mas João continuava a apresentar-lhes Cristo como o único meio de salvação. A evidência de que Jesus de Nazaré era o Messias era tão clara, que João declara que nenhum homem tem necessidade de andar nas trevas do erro enquanto tal luz é oferecida. Entristecidos pelos erros perniciosos Sa 69 3 João viveu o bastante para ver o evangelho de Cristo pregado longe e perto, e milhares aceitando avidamente seus ensinos. Mas encheu-se de tristeza ao perceber que erros perniciosos se introduziam na igreja. Alguns dos que aceitaram a Cristo professavam que Seu amor os desobrigava da obediência à lei de Deus. De outro lado, muitos ensinavam que a letra da lei deveria ser observada, como também todos os costumes e cerimônias judaicas, e que isto era suficiente para a salvação, sem o sangue de Cristo. Eles sustentavam que Cristo fora um bom homem, tanto como os apóstolos, mas negavam Sua divindade. João viu os perigos a que seria exposta a igreja, se seus membros recebessem estas idéias, de modo que as enfrentou com presteza e decisão. Escreveu a uma grande auxiliadora do evangelho, uma senhora de boa reputação e extensa influência: Sa 70 1 "Muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus: quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter conosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras". Sa 70 2 João não prosseguiu seu trabalho sem grandes embaraços. Satanás não estava ocioso. Instigou homens maus para abreviarem a vida útil deste homem de Deus; mas santos anjos o protegeram de seus assaltos. João precisava ficar como uma fiel testemunha de Cristo. A igreja, em seu perigo, necessitava de seu testemunho. Sa 70 3 Pela representação maliciosa e falsidade, os emissários de Satanás procuraram despertar oposição contra João e a doutrina de Cristo. Em conseqüência, dissensões e heresias estavam pondo em perigo a igreja. João enfrentou estes erros com inflexibilidade. Vedou o caminho aos adversários da verdade. Escreveu e exortou, para que os dirigentes destas heresias não tivessem o menor estímulo. Presentemente, há males semelhantes aos que ameaçavam a prosperidade da igreja primitiva, e os ensinos do apóstolo sobre estes pontos deveriam ser cuidadosamente atendidos. "Deveis ter caridade", é o clamor que se pode ouvir em toda parte, especialmente daqueles que professam a santificação. Mas a caridade é demasiado pura para cobrir um pecado não confessado. Os ensinos de João são importantes para aqueles que vivem entre os perigos dos últimos dias. Ele estivera intimamente ligado a Cristo. Escutara Seus ensinos e testemunhara Seus poderosos milagres. Assim apresentou um convincente testemunho, que tornou sem efeito as falsidades de Seus inimigos. Nenhum compromisso com o pecado Sa 71 1 João desfrutou a bênção da verdadeira santificação. Mas notai: o apóstolo não proclama ser inocente; está em busca da perfeição, andando à luz da presença de Deus. Testifica que o homem que professa conhecer a Deus e, contudo, quebra a lei divina, mente à sua profissão. "Aquele que diz: Eu conheço O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade". Neste século de alarmante liberalidade, estas palavras seriam taxadas como intolerância. Mas o apóstolo ensina que, conquanto devamos manifestar cortesia cristã, estamos autorizados a chamar o pecado e os pecadores por seu verdadeiro nome -- que isto é coerente com a verdadeira caridade. Conquanto tenhamos de amar as almas por quem Cristo morreu e trabalhar por sua salvação, não devemos condescender com o pecado. Não nos unamos com os rebeldes chamando a isso caridade. Deus exige de Seu povo atual que se poste, como o fez João em seu tempo, inflexivelmente pelo direito, em oposição aos erros destruidores das almas. Não há santificação sem obediência Sa 72 1 Tenho encontrado muitos que alegavam viver sem pecado. Mas quando provados pela Palavra de Deus, mostraram-se ser transgressores declarados de Sua santa lei. As mais claras evidências da perpetuidade e força de obrigatoriedade do quarto mandamento, falharam quanto a despertar a consciência. Eles não podiam negar as reivindicações de Deus, mas aventuraram-se a desculpar-se por transgredirem o sábado. Tinham a pretensão de ser santificados e de servir a Deus todos os dias da semana. Muitas pessoas boas, diziam, não observam o sábado. Se os homens estão santificados, nenhuma condenação repousará sobre eles se o não observam. Deus é demasiado misericordioso para puni-los por não guardarem o sétimo dia. Seriam considerados como esquisitos na comunidade se guardassem o sábado, e não teriam nenhuma influência no mundo. E eles precisam ser sujeitos aos poderes constituídos. Sa 73 1 Uma senhora, em New Hampshire, apresentou seu testemunho numa reunião pública, dizendo que a graça de Deus estava governando em seu coração e que pertencia inteiramente ao Senhor. Então exprimiu sua crença de que este povo estava fazendo muito bem quanto a despertar pecadores para verem seu perigo. Disse: "O sábado que este povo apresenta a nós, é o único sábado da Bíblia"; e então afirmou que estivera muito preocupada com este assunto. Vira grandes provações diante de si, as quais teria de enfrentar caso observasse o sétimo dia. No dia seguinte ela veio à reunião e, de novo, deu testemunho, dizendo que perguntara ao Senhor se precisaria guardar o sábado e que Ele lhe dissera que não. Sua mente estava agora em descanso quanto ao assunto. Ela fez então a mais vibrante exortação a todos para atingirem o perfeito amor de Jesus, onde não há nenhuma condenação para a alma. Sa 73 2 Esta mulher não possuía a genuína santificação. Não fora Deus quem lhe dissera que poderia ser santificada vivendo em desobediência a um de Seus explícitos mandamentos. A lei de Deus é sagrada, e ninguém a pode transgredir impunemente. Quem lhe disse que poderia continuar a quebrar a lei de Deus e ser inocente, fora o príncipe dos poderes das trevas -- o mesmo que dissera a Eva, no Éden, por intermédio da serpente: "Certamente não morrereis". Eva se lisonjeou com o pensamento de que Deus era demasiado bondoso para puni-la pela desobediência de Seus explícitos mandamentos. O mesmo sofisma é apresentado por milhares, em desculpa de sua desobediência ao quarto mandamento. Aqueles que têm o Espírito de Cristo, guardarão todos os mandamentos de Deus, independentes das circunstâncias. A Majestade dos Céus diz: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai". Sa 74 1 Adão e Eva ousaram transgredir as ordens do Senhor, e o terrível resultado de seu pecado deveria constituir uma advertência para nós, a fim de não seguirmos seu exemplo de desobediência. Cristo orou por Seus discípulos, nestas palavras: "Santifica-os na verdade: a Tua Palavra é a verdade". Não existe genuína santificação a não ser pela obediência à verdade. Aqueles que amam a Deus de todo o coração, também hão de amar a todos os Seus mandamentos. O coração santificado anda em harmonia com os preceitos da lei de Deus; porque eles são santos, justos e bons. Deus não mudou Sa 74 2 O caráter de Deus não mudou. Ele é hoje o mesmo Deus zeloso que era quando deu a Sua lei sobre o Sinai e a escreveu com Seu próprio dedo nas tábuas de pedra. Aqueles que espezinham a santa lei de Deus podem dizer: "Estou santificado;" mas estar santificado, de fato, e jactanciar-se de santificação são duas coisas diferentes. Sa 75 1 O Novo Testamento não mudou a lei de Deus. A santidade do sábado do quarto mandamento está tão firmemente estabelecida como o trono de Jeová. João escreve: "Qualquer que comete pecado transgride também a lei; porque pecado é a transgressão da lei;" "e bem sabeis que Ele Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado. Qualquer que permanece nEle não peca: qualquer que peca [transgride a lei] não O viu nem O conheceu". Nós somos autorizados a considerar do mesmo modo que o fez o discípulo amado, aqueles que se jactam de permanecer em Cristo, de estar santificados, ao passo que vivem na transgressão da lei de Deus. Ele enfrentou justamente a mesma classe que nós temos de enfrentar. Disse ele: "Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo. Quem comete pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio". Aqui o apóstolo fala em termos claros, como julga que o assunto exige. Sa 75 2 As epístolas de João transmitem um espírito de amor. Mas quando ele chega em contato com essa classe que quebra a lei de Deus e ainda se jacta de estar vivendo sem pecado, não hesita em adverti-la quanto a seu terrível engano. "Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-Lo mentiroso, e a Sua Palavra não está em nós". ------------------------Capítulo 9 -- João no exílio Sa 77 1 O maravilhoso êxito que acompanhou a pregação do evangelho pelos apóstolos e seus coobreiros, aumentou o ódio dos inimigos de Cristo. Eles fizeram todo esforço possível por deter seu progresso e, finalmente, conseguiram assestar o poder do imperador romano contra os cristãos. Seguiu-se uma terrível perseguição, na qual muitos dos servos de Cristo foram levados à morte. O apóstolo João era, nesse tempo, homem idoso; mas, com grande zelo e êxito, continuou a pregar a doutrina de Cristo. Ele tinha um testemunho de poder, o qual seus inimigos não podiam controverter, e que grandemente animava a seus irmãos. Sa 77 2 Quando a fé dos cristãos parecia vacilar sob a furiosa oposição que eram forçados a enfrentar, o apóstolo repetia, com grande dignidade, poder e eloqüência: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida ... o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo". Sa 77 3 O mais implacável ódio foi incitado contra João por sua inflexível fidelidade à causa de Cristo. Ele era o último sobrevivente dos discípulos que estiveram intimamente ligados com Jesus; e seus inimigos decidiram que seu testemunho deveria silenciar. Se isto se pudesse realizar, a doutrina de Cristo, pensavam eles, não se divulgaria; e, se tratada com severidade, haveria de, brevemente, desaparecer do mundo. Conseqüentemente, João foi chamado a Roma para ser julgado por sua fé. Suas doutrinas foram mal apresentadas. Testemunhas falsas acusaram-no como um homem sedicioso, que publicamente, estava ensinando teorias que haveriam de subverter a nação. Sa 78 1 O apóstolo apresentou sua fé de maneira clara e convincente, com tal simplicidade e candura que suas palavras tiveram um poderoso efeito. Seus ouvintes ficaram atônitos, diante de sua sabedoria e eloqüência. Mas quanto mais convincente seu testemunho, mais profundo o ódio daqueles que se opunham à verdade. O imperador encheu-se de raiva e blasfemou o nome de Deus e de Cristo. Não podia contradizer a argumentação do apóstolo ou opor-se ao poder que acompanhava a enunciação da verdade, de modo que determinou fazer silenciar seu fiel advogado. A testemunha de Deus não silencia Sa 78 2 Aqui podemos ver quão duro se pode tornar o coração quando obstinadamente se coloca contra os propósitos de Deus. Os inimigos da igreja estavam resolvidos a manter seu orgulho e poder diante do povo. Por decreto do imperador, João foi banido para a ilha de Patmos, condenado, como ele nos fala, "por causa da Palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo". Porém, os inimigos de Cristo falharam totalmente em seu propósito de fazer silenciar Sua fiel testemunha. De seu lugar de exílio, vem a voz do apóstolo atingindo mesmo o fim dos tempos, proclamando as mais eloqüentes verdades já apresentadas aos mortais. Sa 79 1 Patmos, árida ilha rochosa no mar Egeu, havia sido escolhida pelo governo romano como lugar para desterro de criminosos. Mas, para o servo de Deus, esta triste habitação provou-se ser a porta do Céu. Ele fora separado das ocupadas cenas da vida e dos trabalhos ativos como evangelista; mas não fora excluído da presença de Deus. Em seu desolado lar, ele podia comungar com o Rei dos reis e estudar mais de perto o livro da Natureza e nas páginas da inspiração as manifestações do poder divino. Deleitava-se em meditar na grande obra do Arquiteto Divino. Em anos anteriores, seus olhos se haviam alegrado à vista de colinas cobertas de matas, verdes vales e planícies férteis; e, em todas as belezas da Natureza, ele se deleitava em traçar a sabedoria e perícia do Criador. Estava agora cercado por cenas que, para muitos, haveriam de parecer tristes e desinteressantes. Mas, para João, era o contrário. Ele podia ler as mais importantes lições nas rochas nuas e desoladas, nos mistérios do grande mar e nas glórias do firmamento. Para ele, tudo isto trazia o sinal do poder de Deus e declarava Sua glória. A voz da natureza Sa 80 1 O apóstolo contemplou ao seu redor as testemunhas do dilúvio que inundara a Terra porque seus habitantes se aventuraram a transgredir a lei de Deus. As rochas, lançadas para fora do mar e da terra, pelo rompimento das águas, traziam vividamente a seu espírito os terrores daquele terrível derramamento da ira de Deus. Sa 80 2 Todavia, enquanto tudo aquilo que rodeava embaixo parecesse desolado e árido, os céus azuis, debruçados sobre o apóstolo na solitária Patmos, eram tão brilhantes e belos como o firmamento sobre sua amada Jerusalém. Que o homem contemple uma vez, de noite, a glória dos céus e note em suas hostes a obra do poder de Deus, e lhe será ensinada uma lição da grandeza do Criador, em contraste com sua própria pequenez. Se ele tem nutrido o orgulho e a idéia de sua própria importância por causa de riqueza, ou talentos, ou atrativos pessoais, que vá fora, numa linda noite, e contemple o céu estrelado, aprendendo a humilhar seu espírito orgulhoso na presença do Infinito. Sa 80 3 Na voz de muitas águas -- um abismo chamando outro abismo -- o profeta ouviu a voz do Criador. O mar açoitado furiosamente pelos impiedosos ventos, representava para ele a ira de um Deus ofendido. As poderosas ondas, em sua mais terrível comoção, restringidas aos limites apontados por uma mão invisível, falavam a João de um infinito poder que controla o mar. E, em contraste, ele viu e percebeu a loucura dos débeis mortais, apenas vermes do pó, que se gloriam em sua sabedoria e força, e põem seu coração contra o Governador do Universo, como se Deus fosse semelhante a um deles. Quão cego e insensível é o orgulho humano! Uma hora da bênção de Deus, na luz do Sol ou na chuva sobre a terra, fará mais para mudar o aspecto da Natureza do que o homem, com todo o seu alardeante conhecimento e perseverante esforço, pode executar durante toda a vida. Sa 81 1 Nas coisas que cercavam seu lar ilhéu, o profeta exilado lia as manifestações do poder divino e, em todas as obras da Natureza, mantinha comunhão com seu Deus. O mais ardente anseio da alma por Deus, as mais ferventes orações, partiram para o Céu, da rochosa Patmos. Ao olhar João para as rochas, lembrava-se de Cristo, a Rocha de sua força, em cujo abrigo se poderia esconder sem nenhum temor. Um observador do Sábado Sa 81 2 O dia do Senhor mencionado por João era o sábado, o dia no qual Jeová repousara após a grande obra da Criação, e o qual abençoara e santificara por haver repousado nele. O sábado era tão santamente observado por João na ilha de Patmos como quando estava entre o povo pregando a respeito desse dia. Junto das estéreis rochas que o cercavam, João se lembrava do rochoso Horebe e de quando Deus pronunciara Sua lei ao povo, ali, e dissera: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar". Sa 82 1 O Filho de Deus falara a Moisés do cume do monte. Deus fizera das rochas o Seu santuário. Seu templo foram os outeiros eternos. O Divino Legislador descera sobre a montanha rochosa para pronunciar Sua lei aos ouvidos de todo o povo, a fim de que fossem impressionados pela grandiosa e terrível exibição do Seu poder e glória e temessem transgredir Seus mandamentos. Deus proferira Sua lei no meio de trovões, e relâmpagos, e de espessa nuvem sobre o cume da montanha, e Sua voz fora como a voz de uma trombeta ressoante. A lei de Jeová era imutável, e as tábuas sobre as quais escrevera essa lei eram rocha sólida, significando a imutabilidade de Seus preceitos. O monte Horebe tornara-se um lugar sagrado para todos os que amavam e reverenciavam a lei de Deus. Em comunhão com Deus Sa 82 2 Enquanto João contemplava as cenas do Horebe, o Espírito dAquele que santificara o sétimo dia veio sobre ele. Contemplava o pecado de Adão transgredindo a lei divina e o terrível resultado dessa transgressão. O infinito amor de Deus, dando Seu Filho para remir a raça perdida, parecia demasiado grande para a língua exprimir. Ao apresentá-lo em sua epístola, convida a igreja e o mundo para considerá-lo. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele". Era para João -- um mistério que Deus houvesse dado Seu Filho para morrer pelo homem rebelde. E ele estava realmente perplexo em ver que o plano da salvação, delineado a tal preço pelo Céu, fosse recusado por aqueles para quem o sacrifício infinito fora feito. Sa 83 1 João estava em comunhão com Deus. Ao aprender mais do caráter divino através das obras da criação, sua reverência por Deus aumentou. Muitas vezes perguntou, de si para si: Por que os homens, que são inteiramente dependentes de Deus, não procuram estar em paz com Ele, mediante uma obediência voluntária? Ele é infinito em sabedoria e não há limite para Seu poder. Controla os céus com seus inumeráveis mundos. Preserva em perfeita harmonia a grandeza e beleza das coisas que criou. O pecado é a transgressão da lei de Deus; e a pena do pecado é a morte. Não teria havido nenhuma discórdia no Céu ou na Terra se jamais houvesse entrado o pecado. A desobediência à lei de Deus trouxe toda a miséria que tem existido entre Suas criaturas. Por que não se hão de os homens reconciliar com Deus? Sa 84 1 Não é coisa de somenos importância pecar contra Deus, colocar a perversa vontade do homem em oposição à vontade de seu Criador. É para o melhor bem dos homens, mesmo neste mundo, obedecer aos mandamentos de Deus. E é certamente para seu interesse eterno submeter-se a Deus e estar em paz com Ele. As bestas do campo obedecem à lei de seu Criador no instinto que as governa. Ele fala ao orgulhoso oceano: "Até aqui virás, e não mais adiante"; e as águas são prontas para obedecer a Sua palavra. Os planetas estão dispostos em perfeita ordem, obedecendo a leis que Deus estabeleceu. De todas as criaturas que Deus fez sobre a Terra, só o homem é rebelde. Contudo, ele possui as faculdades do raciocínio para compreender as exigências da lei divina e uma consciência para sentir a culpa da transgressão e a paz e alegria da obediência. Deus o fez um agente moral livre, para obedecer ou desobedecer. O galardão da vida eterna -- um eterno peso de glória -- é prometido àqueles que fazem a vontade de Deus, ao passo que as ameaças de Sua ira pendem sobre todos os que desprezam Sua lei. A majestade de Deus Sa 84 2 Enquanto João meditava na glória de Deus exibida em Suas obras, estava mergulhado na grandeza e majestade do Criador. Se todos os habitantes deste pequeno mundo recusassem obediência a Deus, Ele não seria deixado sem glória. Num momento Ele poderia varrer da face da Terra todo mortal e criar urna nova raça para povoá-la e glorificar Seu nome. Deus não depende do homem para ser honrado. Ele poderia ordenar às hostes estelares lá dos céus, aos milhões de mundos do alto, que elevassem um cântico de honra e louvor, e glória ao Criador. "Os céus louvarão as Tuas maravilhas, ó Senhor, e a Tua fidelidade também na assembléia dos santos. Pois quem no Céu se pode igualar ao Senhor? Quem é semelhante ao Senhor entre os filhos dos poderosos? Deus deve ser em extremo tremendo na assembléia dos santos, e grandemente reverenciado por todos os que O cercam". Uma visão de Cristo Sa 85 1 João relembra os maravilhosos incidentes que testemunhara na vida de Cristo. Em pensamento, de novo goza das preciosas oportunidades com as quais fora uma vez favorecido, e é grandemente confortado. Repentinamente, interrompe-se sua meditação; ele é chamado em tons distintos e claros. Volta-se para ver de onde procede a voz, e, eis! contempla seu Senhor, ao qual tem amado, com quem tem andado e falado, e cujos sofrimentos na cruz testemunhara. Mas quão mudada a aparência do Salvador! Ele não é mais "homem de dores, e experimentado nos trabalhos". Não traz nenhum sinal de Sua humilhação. Seus olhos são como chama de fogo; os pés semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha. Os tons de Sua voz são como os sons musicais de muitas águas. Seu semblante brilha como o Sol em sua glória meridiana. Em Sua mão estão sete estrelas, representando os ministros das igrejas. Da boca Lhe sai uma aguda espada de dois fios, emblema do poder de Sua Palavra. Sa 86 1 João, que assim tem amado seu Senhor e resolutamente aderido à verdade em face de aprisionamento, açoites e ameaças de morte, não pode suportar a excelente glória da presença de Cristo, e cai por terra como ferido de morte. Jesus, então, põe a mão sobre o corpo prostrado de Seu servo, dizendo: "Não temas; Eu sou ... o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre". João foi fortalecido para viver na presença de seu glorificado Senhor; e então foram apresentados perante ele, em santa visão, os propósitos de Deus para os séculos futuros. As gloriosas atrações do lar celestial foram-lhe reveladas. Foi-lhe permitido olhar para o trono de Deus e contemplar a multidão dos remidos com vestes brancas. Ouviu a música dos anjos celestiais e os cânticos triunfais daqueles que venceram pelo sangue do Cordeiro e a palavra do seu testemunho. A humildade de João Sa 86 2 Ao discípulo amado foram dados tão exaltados privilégios, como raramente têm sido concedidos aos mortais. Contudo, tanto se havia ele tornado semelhante ao caráter de Cristo, que o orgulho não encontrava lugar em seu coração. Sua humildade não consistia em mera profissão; era uma graça que o vestia tão naturalmente quanto uma veste. Ele sempre procurava ocultar seus próprios atos de justiça e evitar tudo que pudesse parecer atrair a atenção para si mesmo. Em seu Evangelho, João menciona o discípulo a que Jesus amava, mas oculta o fato de que esse assim honrado era ele. Sua atitude era destituída de egoísmo. Em sua vida diária ele praticava a caridade em seu sentido mais amplo. Tinha em alto grau o senso do amor que deveria existir entre os irmãos naturais e a irmandade cristã. Ele apresenta e insiste nesse amor como sendo uma característica essencial dos seguidores de Jesus. Destituído disto, todas as pretensões do nome cristão são vãs. Sa 87 1 João era um professor de santidade prática. Apresenta infalíveis regras para a conduta dos cristãos. Eles devem ser puros de coração e corretos nas maneiras. Em nenhum caso devem ficar satisfeitos com uma profissão vã. Ele declara, em termos inconfundíveis, que ser cristão é ser semelhante a Cristo. Sa 87 2 A vida de João foi uma vida de fervoroso esforço para conformar-se com a vontade de Deus. O apóstolo seguia tão de perto a seu Salvador e tinha tamanha compreensão da pureza e exaltada santidade de Cristo, que seu próprio caráter aparecia, em contraste, excessivamente defeituoso. E quando Jesus apareceu a João, com Seu corpo glorificado, um rápido olhar foi suficiente para fazê-lo cair como morto. Tais serão sempre os sentimentos daqueles que melhor conhecem seu Senhor e Mestre. Quanto mais de perto contemplam a vida e o caráter de Jesus, tanto mais profundamente hão de sentir sua própria pecaminosidade e tanto menos dispostos estarão para ter pretensões à santidade de coração ou jactar-se de sua santificação. ------------------------Capítulo 10 -- O caráter cristão Sa 89 1 O caráter do cristão é manifesto em sua vida diária. Disse Cristo: "Toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus". Nosso Salvador Se compara a uma videira, da qual Seus seguidores são os ramos. Ele declara positivamente que todos aqueles que desejam ser Seus discípulos precisam produzir frutos; e então mostra como podem tornar-se ramos frutíferos. "Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim". Sa 89 2 O apóstolo Paulo descreve o fruto que o cristão deve produzir. Diz ele que "está em toda a bondade, e justiça e verdade". E outra vez: "O fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança". Estas preciosas graças são apenas os princípios da lei de Deus, demonstrados na vida. Sa 89 3 A lei de Deus é a única norma verdadeira de perfeição moral. Essa lei foi praticamente exemplificada na vida de Cristo. Ele diz de Si mesmo: "Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai". Nada menos que esta obediência satisfará às exigências da Palavra de Deus. "Aquele que diz que está nEle, também deve andar como Ele andou". Nós não podemos alegar que somos impotentes para fazer isto, porque temos a afirmativa: "A Minha graça te basta". Ao olharmos no espelho divino -- a lei de Deus -- vemos a excessiva malignidade do pecado e nossa própria condição de perdidos, como transgressores. Mas, pelo arrependimento e a fé, somos justificados perante Deus, e, mediante a graça divina, habilitados a prestar obediência aos Seus mandamentos. Amor a Deus e ao homem Sa 90 1 Aqueles que têm genuíno amor a Deus, manifestarão um intenso desejo de conhecer Sua vontade e executá-la. Diz o apóstolo João, cujas epístolas tratam tão cabalmente do amor: "Esta é a caridade [ou amor] de Deus: que guardemos os Seus mandamentos". A criança que ama aos pais, mostrará esse amor por voluntária obediência; mas a criança egoísta, ingrata, procura fazer tão pouco quanto lhe seja possível por seus pais, enquanto, ao mesmo tempo, deseja gozar todos os privilégios assegurados ao obediente e fiel. A mesma diferença é vista entre os que professam ser filhos de Deus. Muitos que sabem ser o objeto de Seu amor e cuidado, e desejam receber sua bênção, não têm nenhum deleite em fazer Sua vontade. Consideram os reclamos de Deus como uma desagradável restrição, Seus mandamentos um danoso jugo. Mas aquele que está verdadeiramente procurando a santidade de coração e de vida, deleita-se na lei de Deus, e lamenta unicamente o fato de que fica muito aquém de satisfazer a suas reivindicações. Sa 91 1 É-nos ordenado amar-nos mutuamente, como Cristo nos amou. Ele manifestou Seu amor, dando Sua vida para remir-nos. O discípulo amado diz que devemos estar dispostos a dar a vida pelos irmãos. Porque "todo aquele que ama ao que O gerou, também ama ao que dEle é nascido". Se amamos a Cristo, amaremos também àqueles que a Ele se assemelham na vida e no caráter. E não somente isto, mas havemos de amar àqueles que estão sem "esperança, e sem Deus no mundo". Foi para salvar os pecadores que Cristo deixou Seu lar no Céu, e veio à Terra para sofrer e morrer. Por isso Ele Se fatigou, agoniou-Se e orou, até o ponto de, com o coração partido e abandonado por aqueles a quem veio salvar, derramar Sua vida no Calvário. Imitar o modelo Sa 91 2 Muitos se esquivam de uma vida como a que viveu nosso Salvador. Sentem que requer demasiado grande sacrifício imitar o Modelo, produzir fruto em boas obras e então, pacientemente suportar a poda de Deus, para que possam dar mais fruto. Mas quando o cristão se considera apenas um humilde instrumento nas mãos de Cristo e se esforça por cumprir fielmente todo dever, confiando no auxílio prometido por Deus, então tomará o jugo de Cristo e achará fácil fazê-lo; então assumirá responsabilidades por Cristo, e dirá serem agradáveis. Ele poderá olhar para cima com ânimo e confiança, e dizer: "Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia". Sa 92 1 Se encontramos obstáculos em nosso caminho e fielmente os vencemos; se deparamos com oposição e vitupério, e, em nome de Cristo, ganhamos a vitória; se temos responsabilidades e nos desempenhamos de nossos deveres no espírito de nosso Mestre -- então, de fato, alcançamos um precioso conhecimento de Sua fidelidade e poder. Não mais dependeremos da experiência de outros, porque temos o testemunho em nós mesmos. Como os samaritanos da antiguidade, podemos dizer: "Nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo". Sa 92 2 Quanto mais contemplarmos o caráter de Cristo e quanto mais experimentarmos de Seu poder salvador, com tanto maior perspicácia reconheceremos nossa própria fraqueza e imperfeição, e mais fervorosamente olharemos para Ele como nossa força e nosso Redentor. Não temos poder em nós mesmos para purificar o templo da alma de sua contaminação; mas ao nos arrependermos de nossos pecados contra Deus e procurarmos perdão mediante os méritos de Cristo, Ele comunicará aquela fé que opera por amor e purifica o coração. Pela fé em Cristo e obediência à lei de Deus, podemos ser santificados e assim obter aptidão para a sociedade com os santos anjos e os remidos vestidos de branco no reino da glória. A união com Cristo, nosso privilégio Sa 93 1 Não é somente o privilégio, mas o dever de todo cristão manter uma íntima união com Cristo e ter uma rica experiência nas coisas de Deus. Então sua vida será frutífera em boas obras. Disse Cristo: "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto". Quando lemos a vida de homens que foram eminentes por sua piedade, muitas vezes consideramos suas experiências e consecuções como muito além de nosso alcance. Mas este não é o caso. Cristo morreu por todos; e é-nos assegurado em Sua Palavra que Ele está mais pronto a dar Seu Santo Espírito àqueles que Lho pedirem do que os pais terrenos a dar boas dádivas a seus filhos. Os profetas e apóstolos não aperfeiçoaram o caráter cristão por milagre. Eles usaram os meios colocados por Deus ao seu alcance; e todos os que fizerem o mesmo esforço hão de conseguir os mesmos resultados. A oração de Paulo pela igreja Sa 93 2 Em sua carta à igreja de Éfeso, Paulo apresenta perante os membros o "mistério do evangelho" -- "as abundantes riquezas de Cristo" -- e então lhes assegura suas fervorosas orações em favor de sua prosperidade espiritual: Sa 94 1 "... Me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,... para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus". Sa 94 2 Escreve ele também a seus irmãos de Corinto: "Aos santificados em Cristo Jesus", "graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. Porque em tudo fostes enriquecidos nEle, em toda a palavra e em todo o conhecimento (como foi mesmo o testemunho de Cristo confirmado entre vós). De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo". Estas palavras são dirigidas não somente à igreja de Corinto, mas a todo o povo de Deus até ao fim dos tempos. Todo cristão pode gozar a bênção da santificação. Sa 94 3 O Apóstolo continua nestes termos: "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões, antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer". Paulo não teria apelado para eles a fim de que fizessem o impossível. A união é o resultado certo da perfeição cristã. Sa 95 1 Também na epístola aos colossenses são apresentados os gloriosos privilégios concedidos aos filhos de Deus. "Porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus, e da caridade que tendes para com todos os santos;... nós também desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-Lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus, corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da Sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo". A norma da santidade Sa 95 2 O próprio apóstolo esforçava-se por alcançar a mesma norma de santidade que apresentara a seus irmãos. Ele escreve aos filipenses: "O que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;... para conhecê-Lo, e à Sua morte; para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dos mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Há um notável contraste entre pretensões jactanciosas e de justiça própria daqueles que professam estar sem pecado e a modesta linguagem do apóstolo. Contudo, foi a pureza e a fidelidade de sua própria vida que deu poder às suas exortações a seus irmãos. A vontade de Deus Sa 96 1 Paulo não hesitava em salientar, em toda ocasião oportuna, a importância da santificação bíblica. Diz Ele: "Vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação". "De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmuração nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo". Sa 97 1 Ele concita Tito a instruir a igreja quanto a que, embora devessem seus membros confiar nos méritos de Cristo para a salvação, a graça divina, habitando em seus corações, conduzirá à fiel execução de todos os deveres da vida. "Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades que lhes obedeçam, e estejam preparados para toda a boa obra; que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens. ... Fiel é a palavra, e isto quero que deveras afirmes, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras; estas coisas são boas e proveitosas aos homens". Sa 97 2 Paulo procura impressionar-nos a mente com o fato de que o fundamento de todo serviço aceitável a Deus, ao mesmo tempo que a própria coroa das graças cristãs, é o amor; e de que somente no coração em que reina o amor é que habitará a paz de Deus. "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade: suportando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobretudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A Palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai". ------------------------Capítulo 11 -- O privilégio do cristão Sa 99 1 Muitos dos que estão buscando santidade de coração e pureza de vida, parecem perplexos e desanimados. Estão constantemente olhando para si mesmos, e lamentando sua falta de fé; e porque não têm fé, julgam que não podem reclamar a bênção de Deus. Estas pessoas pensam que o sentimento seja fé. Olham por cima da simplicidade da verdadeira fé, e assim trazem grandes trevas sobre sua vida. Deveriam volver a mente de si mesmas para repousá-la na misericórdia e bondade de Deus e recordar Suas promessas, e então simplesmente crer que Ele cumprirá Sua palavra. Não é em nossa fé que devemos confiar, porém nas promessas de Deus. Quando nos arrependemos de nossas transgressões passadas, contra Sua lei, e resolvemos prestar obediência no futuro, devemos crer que Deus, por amor de Cristo nos aceita e perdoa nossos pecados. Sa 99 2 As trevas e o desânimo virão, às vezes, à alma e ameaçarão vencer-nos; mas não devemos rejeitar nossa confiança. Precisamos conservar os olhos fixos em Jesus, sentindo ou não. Devemos procurar cumprir fielmente cada dever conhecido e então, calmamente, descansar nas promessas de Deus. A vida da fé Sa 100 1 Por vezes, um profundo sentimento de nossa indignidade enche o coração, num estremecimento de terror; mas isto não é evidência de que Deus tenha mudado para conosco, ou nós em relação para com Ele. Nenhum esforço deveria ser feito quanto a dirigir a mente a certa intensidade de emoção. Podemos não sentir hoje a paz e o gozo que sentíamos ontem; mas devemos, pela fé, agarrar a mão de Cristo e confiar nEle tão completamente nas trevas como à luz. Sa 100 2 Satanás poderá segredar: "Sois demasiadamente grandes pecadores para que Cristo vos salve". Conquanto reconheçais que sois realmente pecadores e indignos, podeis enfrentar o tentador com esta declaração: "Pela virtude da expiação, eu reclamo Cristo como meu Salvador. Não confio em meus próprios méritos, mas no precioso sangue de Jesus, o qual me limpa. Neste momento eu lanço sobre Cristo meu desalentado coração". A vida cristã deve ser de constante, viva fé. Uma confiança que não se renda, firme fé em Cristo, trarão paz e certeza à alma. Resistir à tentação Sa 100 3 Não vos desanimeis porque vosso coração parece duro. Cada obstáculo, cada inimigo interior, apenas aumenta vossa necessidade de Cristo. Ele veio para tirar o coração de pedra e dar-vos outro, de carne. Olhai para Ele em busca de graça especial para vencer vossas faltas peculiares. Quando assaltados pela tentação, resisti firmemente às más tendências; dizei a vosso coração: "Como posso eu desonrar ao meu Redentor? Entreguei-me a Cristo; não posso fazer as obras de Satanás". Clamai ao amado Salvador em busca de auxílio para sacrificar todo ídolo e lançar fora todo pecado acariciado. Que os olhos da fé vejam Jesus diante do trono do Pai, apresentando Suas mãos feridas, enquanto intercede por vós. Crede que vos virá força, por intermédio de vosso precioso Salvador. Ver com os olhos da fé Sa 101 1 Pela fé, olhai para as coroas destinadas aos que hão de vencer; atentai para o exultante canto dos remidos: Digno, digno é o Cordeiro, que foi morto e nos redimiu para Deus! Esforçai-vos por considerar estas cenas como reais. Estêvão, o primeiro mártir cristão, em seu terrível conflito com os principados, e as potestades, e as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais, exclamou: "Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à direita de Deus". O Salvador do mundo foi-lhe revelado como olhando dos Céus para ele com o mais profundo interesse; e a gloriosa luz do semblante de Cristo brilhou sobre Estêvão com tal resplendor que mesmo os seus inimigos viram seu rosto brilhar como o rosto de um anjo. Sa 101 2 Se permitíssemos que nossa mente se demorasse mais sobre Cristo e o mundo celestial, acharíamos um poderoso estímulo e amparo em guerrear as batalhas do Senhor. O orgulho e o amor ao mundo perderão seu poder ao contemplarmos as glórias daquela terra melhor, que tão logo será nosso lar. Diante da amabilidade de Cristo, todas as atrações terrenas parecerão de pouco valor. Sa 102 1 Que ninguém pense que sem fervoroso esforço de sua parte poderá obter a certeza do amor de Deus. Quando por tão longo tempo se permitiu à mente repousar somente em coisas terrenas, é difícil mudar os hábitos do pensamento. Aquilo que os olhos vêem e os ouvidos escutam, demasiadas vezes atrai a atenção e absorve o interesse. Mas se quisermos entrar na cidade de Deus e olhar para Jesus e Sua glória, precisamos acostumar-nos, aqui, a contemplá-Lo com os olhos da fé. As palavras e o caráter de Cristo devem ser, freqüentemente, o assunto de nossos pensamentos e de nossa conversação; e, cada dia, algum tempo deve ser consagrado especialmente a devota meditação nestes temas sagrados. Silenciando o espírito Sa 102 2 A santificação é uma obra diária. Ninguém se engane a si mesmo com a suposição de que Deus o perdoará e abençoará, enquanto está pisando um de Seus mandamentos. A prática voluntária de um pecado conhecido silencia a testemunhadora voz do Espírito e separa de Deus a alma. Quaisquer que sejam os êxtases do sentimento religioso, Jesus não pode habitar no coração que desrespeita a lei divina. Deus apenas honrará àqueles que O honram. Sa 103 1 "Sois servos daquele a quem obedeceis". Se condescendemos com a ira, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou outro pecado qualquer, tornamo-nos servos do pecado. "Ninguém pode servir a dois senhores". Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo. O cristão sentirá as tendências do pecado, porque a carne cobiça contra o Espírito, mas o Espírito combate contra a carne, mantendo uma batalha constante. É aqui que o auxílio de Cristo se faz preciso. A fraqueza humana se une à força divina, e a fé exclama: "Graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo". Hábitos religiosos corretos Sa 103 2 Se quisermos desenvolver um caráter que Deus possa aceitar, precisamos formar hábitos corretos em nossa vida religiosa. A oração diária é tão essencial ao crescimento na graça, e mesmo à própria vida espiritual, como o alimento temporal ao bem-estar físico. Devemos acostumar-nos a elevar muitas vezes os pensamentos a Deus em oração. Se a mente vagueia, devemos fazê-la retornar; mediante perseverante esforço, o hábito finalmente fará que isto seja fácil. Não podemos, por um momento, separar-nos de Cristo com segurança. Podemos contar com Sua presença para assistir-nos a cada passo, mas somente observando nós as condições que Ele mesmo estabeleceu. Sa 104 1 A religião deve tornar-se o grande negócio da vida. Tudo mais deve ficar subordinado a ela. Todas as nossas faculdades morais, físicas e espirituais devem empenhar-se na batalha cristã. Devemos olhar para Cristo em busca de força e graça, e ganharemos a vitória tão certamente como Jesus morreu por nós. O valor da alma Sa 104 2 Devemos aproximar-nos da cruz de Cristo. O arrependimento ao pé da cruz é a primeira lição que temos de aprender. O amor de Jesus -- quem o pode compreender? Infinitamente mais terno e abnegado que o amor de uma mãe! Se quisermos conhecer o valor de uma alma humana, precisamos olhar, com fé viva, para a cruz e aí começar o estudo que será a ciência e o cântico dos remidos através de toda a eternidade. O valor de nosso tempo e de nossos talentos pode ser calculado somente pela grandeza do resgate pago por nossa redenção. Que ingratidão manifestamos para com Deus quando O roubamos, retendo dEle nossas afeições e nosso serviço. É demais dar-nos a nós mesmos a Ele, que tudo sacrificou por nós? Podemos nós escolher a amizade do mundo, diante das honras imortais que Cristo oferece -- "que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono?" Uma obra progressiva Sa 105 1 A santificação é uma obra progressiva. Os passos sucessivos são postos perante nós nas palavras de Pedro: "Pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, e à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo". "Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo". Sa 105 2 Eis aqui um procedimento pelo qual podemos ter certeza de que jamais cairemos. Aqueles que estão assim trabalhando sobre o plano de adição em obter as graças cristãs, terão a certeza de que Deus operará de acordo com o plano de multiplicação, em assegurar-lhes os dons de Seu Espírito. Pedro assim se dirige àqueles que atingiram esta preciosa fé: "Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor". Pela graça divina todos aqueles que quiserem poderão galgar os brilhantes degraus da Terra ao Céu e, afinal, "com júbilo, e perpétua alegria", passar através dos portais, para dentro da cidade de Deus. Sa 106 1 Nosso Salvador requer para Si tudo que há em nós; pede nossos primeiros e mais puros pensamentos, nossa mais pura e mais intensa afeição. Se somos realmente participantes da natureza de Deus, Seu louvor estará continuamente em nosso coração e nossos lábios. Nossa única segurança está em entregar nosso tudo a Ele e em estar constantemente crescendo na graça e no conhecimento da verdade. A exclamação de vitória de Paulo Sa 106 2 O apóstolo Paulo fora altamente honrado por Deus, tendo sido arrebatado em visão ao terceiro Céu, onde contemplou cenas cujos esplendores não lhe foi permitido revelar. Contudo, isto não o levou à jactância ou confiança própria. Reconheceu a importância da constante vigilância e renúncia própria, e declara sinceramente: "Subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado". Sa 106 3 Paulo sofreu por amor da verdade; e, contudo, não ouvimos nenhuma queixa de seus lábios. Ao rever sua vida de fadiga, e cuidado, e sacrifício, ele diz: "Para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada". Vem até nosso tempo a exclamação de vitória do fiel servo de Deus: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?... Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por Aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor". Sa 107 1 Embora Paulo fosse afinal confinado a uma prisão romana -- excluído da luz e ar do céu, isolado de seus labores ativos no evangelho, esperando a todo o momento ser condenado à morte -- contudo não se entregou à dúvida ou desespero. Daquela escura masmorra partiu seu testemunho pré-agônico, cheio de uma sublime fé e ânimo que têm inspirado o coração dos santos e mártires em todos os séculos subseqüentes. Suas palavras apropriadamente descrevem os resultados daquela santificação que nos temos esforçado por apresentar nestas páginas: "Eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amarem a Sua vinda". ------------------------Serviço Cristão SC 6 1 Capítulo 1 -- O Chamado de Deus Para o Serviço SC 22 1 Capítulo 2 -- O Chamado aos Jovens SC 26 1 Capítulo 3 -- Condições Dominantes Entre o Povo de Deus SC 37 1 Capítulo 4 -- Condições Mundiais que Defrontam o Obreiro Cristão SC 44 1 Capítulo 5 -- A Igreja como Centro de Preparo SC 49 1 Capítulo 6 -- Enquanto se Preparam, Devem os Estudantes Fazer Trabalho Missionário SC 51 1 Capítulo 7 -- Colaboração de Pastores e Membros da Igreja SC 55 1 Capítulo 8 -- Organização das Forças Cristãs SC 59 1 Capítulo 9 -- Despertamento SC 86 1 Capítulo 10 -- Métodos SC 100 1 Capítulo 11 -- Obra Médico-Missionária SC 107 1 Capítulo 12 -- Evangelismo Bíblico SC 110 1 Capítulo 13 -- O Ministério da Página Impressa SC 118 1 Capítulo 14 -- Liberdade Religiosa SC 127 1 Capítulo 15 -- Recolta de Donativos SC 136 1 Capítulo 16 -- O Movimento de Expansão da Igreja SC 142 1 Capítulo 17 -- A Obra Caritativa SC 148 1 Capítulo 18 -- As Reuniões Campais Favorecem o Serviço Cristão SC 152 1 Capítulo 19 -- Campo estrangeiro em Nossa Pátria SC 155 1 Capítulo 20 -- A Obra Entre os Ricos e Influentes SC 158 1 Capítulo 21 -- O Lar Como Centro de Educação Missionária SC 162 1 Capítulo 22 -- A Reunião Missionária e de Oração SC 165 1 Capítulo 23 -- Ramos da Obra Missionária SC 171 1 Capítulo 24 -- Requisitos para o Serviço Cristão Eficiente SC 191 1 Capítulo 25 -- O Espírito Santo SC 196 1 Capítulo 26 -- Certeza de Êxito SC 202 1 Capítulo 27 -- Recompensa do Serviço ------------------------Capítulo 1 -- O chamado de Deus para o serviço SC 6 1 Dependente de agentes humanos -- Deus não escolhe como Seus representantes entre os homens anjos que jamais caíram, mas seres humanos, homens de paixões idênticas às daqueles a quem buscam salvar. Cristo Se revestiu da forma humana para que pudesse alcançar a humanidade. Um Salvador divino-humano era necessário para trazer a salvação ao mundo. E a homens e mulheres foi entregue a sagrada tarefa de tornar conhecidas "as riquezas incompreensíveis de Cristo". Efésios 3:8. -- Atos dos Apóstolos, 134. SC 6 2 Considerai a tocante cena. Vede a Majestade do Céu tendo em torno os doze por Ele escolhidos. Logo os separará para a obra que lhes destinou. Por meio desses frágeis instrumentos, mediante Sua Palavra e Espírito, Ele Se propõe a colocar a salvação ao alcance de todos. -- Atos dos Apóstolos, 18. SC 6 3 "Envia homens a Jope, e manda chamar a Simão". Atos dos Apóstolos 10:5. Assim Deus deu prova de Sua atenção para com o ministério evangélico e Sua igreja organizada. O anjo não foi incumbido de contar a Cornélio a história da cruz. Um homem sujeito a fragilidades e tentações humanas, como o centurião, deveria ser aquele que lhe contaria a respeito do Salvador crucificado e ressuscitado. -- Atos dos Apóstolos, 134. SC 6 4 O anjo enviado a Filipe poderia ter ele próprio feito a obra pelo etíope, mas essa não é a maneira de Deus agir. É Seu plano que os homens trabalhem por seus semelhantes. -- Atos dos Apóstolos, 109. SC 6 5 "Temos, porém, este tesouro", prosseguiu o apóstolo, "em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós". 2 Coríntios 4:7. Deus poderia ter proclamado Sua verdade por meio de anjos sem pecado, mas esse não é Seu plano. Ele escolheu seres humanos, homens cheios de fraquezas, como instrumentos na execução de Seus desígnios. Os tesouros de valor inapreciável são colocados em vasos terrestres. Por intermédio de homens Suas bênçãos devem ser transmitidas ao mundo. Por meio deles Sua glória deve brilhar em meio às trevas do pecado. Em amorável ministério devem ir ao encontro dos necessitados e dos pecadores e guiá-los à cruz. E em toda a sua obra devem tributar glória, honra e louvor Àquele que é sobre tudo e sobre todos. -- Atos dos Apóstolos, 330. SC 6 6 Era desígnio do Salvador que depois de subir ao Céu, para ali interceder em favor dos homens, Seus seguidores prosseguissem com a obra por Ele iniciada. Não demonstrará o instrumento humano interesse especial em transmitir a luz da mensagem do evangelho aos que jazem nas trevas? Alguns há que se dispõem a ir aos confins da Terra a fim de transmitir aos homens a luz da verdade, mas Deus requer que toda alma que conhece a verdade se esforce por conquistar outros para o amor da verdade. Como poderemos ser considerados dignos de entrar na cidade de Deus, se não nos dispomos a fazer verdadeiros sacrifícios para salvar as almas que estão prestes a perecer? -- Testemunhos Seletos 3:338. SC 7 1 Em Sua sabedoria o Senhor põe os que estão à procura da verdade em contato com seus semelhantes que a conhecem. É plano do Céu que os que receberam a luz a comuniquem aos que se acham em trevas. A humanidade, tirando sua eficiência da grande Fonte da sabedoria, torna-se o instrumento, a agência operadora por meio da qual o evangelho exerce seu poder transformador sobre o espírito e o coração. -- Atos dos Apóstolos, 134. SC 7 2 Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos preciso partilhar de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle -- a alegria de ver almas redimidas por Seu sacrifício -- devemos tomar parte em Seus labores para redenção delas. -- O Desejado de Todas as Nações, 142. SC 7 3 Cristo não escolheu, para Seus representantes entre os homens, anjos que nunca pecaram, mas seres humanos, homens semelhantes em paixões àqueles a quem buscavam salvar. Cristo tomou sobre Si a humanidade, a fim de chegar à humanidade. A divindade necessitava da humanidade; pois era necessário tanto o divino como o humano para trazer salvação ao mundo. A divindade necessitava da humanidade, a fim de que esta proporcionasse um meio de comunicação entre Deus e o homem. -- O Desejado de Todas as Nações, 296. SC 7 4 Com quase impaciente ansiedade esperam os anjos nossa cooperação; pois o homem deve ser o instrumento para comunicar com o homem. E, quando nos entregamos a Cristo numa consagração de toda a alma, os anjos se alegram de poderem falar por meio de nossa voz, para revelar o amor de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 297. SC 7 5 Devemos ser coobreiros de Deus; pois Ele não finalizará Sua obra sem os agentes humanos. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 7 6 Chamado individual -- A cada cristão é designada uma obra definida. -- The Southern Work, 2 de Agosto de 1904. SC 7 7 Deus requer que todos sejam obreiros em Sua vinha. Vós deveis lançar-vos à obra de que fostes incumbidos, e fazê-la fielmente. -- The Bible Echo, 10 de Junho de 1901. SC 7 8 Se cada um de vós fosse um missionário vivo, a mensagem para este tempo seria rapidamente proclamada em todos os países, a cada povo, e nação, e língua. -- Testemunhos Seletos 3:71. SC 7 9 Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo no coração é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, ansiosos de beber da água da vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 195. SC 8 1 Deus espera serviço pessoal da parte de todo aquele a quem confiou o conhecimento da verdade para este tempo. Nem todos podem ir como missionários para terras estrangeiras, mas todos podem, na própria pátria, ser missionários na família e entre os vizinhos. -- Testimonies for the Church 9:30. SC 8 2 Cristo estava a apenas alguns passos do trono celestial quando deu Sua comissão aos discípulos. Abrangendo como missionários a todos os que cressem em Seu nome, disse Ele: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura". Marcos 16:15. O poder de Deus os havia de acompanhar. -- The Southern Work, 20 de Setembro de 1904. SC 8 3 Salvar almas deve ser a obra vitalícia de todo aquele que professa seguir a Cristo. Somos devedores ao mundo pela graça que nos foi dada por Deus, pela luz que brilhou sobre nós, e pela beleza e poder que descobrimos na verdade. -- Testimonies for the Church 4:53. SC 8 4 Há por toda parte a tendência de substituir o esforço individual pela obra de organizações. A sabedoria humana tende à consolidação, à centralização, à edificação de grandes igrejas e instituições. Muitos deixam às instituições e organizações a obra da beneficência; eximem-se do contato com o mundo, e seu coração torna-se frio. Ficam absorvidos consigo e insensíveis à impressão. Extingue-se-lhes no coração o amor para com Deus e o homem. Cristo confia a Seus seguidores uma obra individual -- uma obra que não pode ser feita por procuração. O serviço aos pobres e enfermos, o anunciar o evangelho aos perdidos, não deve ser deixado a comissões ou caridade organizada. Responsabilidade individual, individual esforço e sacrifício pessoal são exigências evangélicas. -- A Ciência do Bom Viver, 147. SC 8 5 Todo o que recebeu divina iluminação, deve lançar luz sobre o caminho dos que não conhecem a Luz da vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 152. SC 8 6 A cada um foi distribuída sua obra, e ninguém pode substituir a outro. Cada um tem uma missão de admirável importância, a qual ele não pode negligenciar ou passar por alto, uma vez que seu cumprimento envolve o bem de alguma alma, e a negligência da mesma, a ruína de uma criatura por quem Cristo morreu. -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1893. SC 8 7 Todos nós devemos ser coobreiros de Deus. Nenhum preguiçoso é reconhecido como servo Seu. Os membros da igreja devem reconhecer individualmente, que a vida e a prosperidade da igreja são afetadas por seu procedimento. -- The Review and Herald, 15 de Fevereiro de 1887. SC 8 8 Toda pessoa que Cristo salvou é chamada a atuar em Seu nome pela salvação dos perdidos. Essa obra fora negligenciada em Israel. Não é também hoje negligenciada pelos que professam ser seguidores de Cristo? -- Parábolas de Jesus, 191. SC 9 1 Há para cada um alguma coisa a fazer. Toda pessoa que crê na verdade deve permanecer em seu lugar, dizendo: "Eis-me aqui, envia-me a mim". Isaías 6:8. -- Testimonies for the Church 6:49. SC 9 2 Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. -- Parábolas de Jesus, 69. SC 9 3 Aquele que se torna um filho de Deus deve, daí em diante, considerar-se como um elo na cadeia descida para salvar o mundo, um com Cristo em Seu plano de misericórdia, indo com Ele a buscar e salvar o perdido. -- A Ciência do Bom Viver, 105. SC 9 4 Todos podem encontrar alguma coisa para fazer. Ninguém deve achar que não há lugar em que possa trabalhar por Cristo. O Salvador Se identifica com todo filho da humanidade. -- A Ciência do Bom Viver, 104. SC 9 5 Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob obrigação de a Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar almas. -- Testemunhos Seletos 3:82. SC 9 6 Tão vasto é o campo, tão compreensivo o desígnio, que todo coração santificado será levado para o serviço, como instrumento do poder divino. -- Testemunhos Seletos 3:308. SC 9 7 Os homens são instrumentos nas mãos de Deus, por Ele empregados para cumprirem Seus propósitos de graça e misericórdia. Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para o habilitar a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 343. SC 9 8 Longamente tem Deus esperado que o espírito de serviço se apodere de toda a igreja, de maneira que cada um trabalhe para Ele segundo sua habilidade. -- Atos dos Apóstolos, 111. SC 9 9 Quando Ele enviou os doze, e depois os setenta, para proclamarem o reino de Deus, estava-lhes ensinando o dever de repartir com outros o que lhes havia dado a conhecer. Em toda a Sua obra Ele os estava preparando para trabalho individual, que devia ser expandido à medida que seu número aumentasse, e finalmente alcançar os confins da Terra. -- Atos dos Apóstolos, 32. SC 9 10 Não somente sobre o ministro ordenado repousa a responsabilidade de sair a cumprir esta missão. Todo o que haja recebido a Cristo é chamado a trabalhar pela salvação de seus semelhantes. -- Atos dos Apóstolos, 110. SC 9 11 O verdadeiro caráter da igreja não se mede pela elevada profissão que ela faz, nem pelos nomes que se encontram em seu registro, mas pelo que ela está em realidade fazendo pelo Mestre, pelo número de seus obreiros perseverantes e fiéis. O interesse pessoal, e os esforços individuais atentos conseguirão mais para a causa de Cristo do que pode ser efetuado por sermões ou doutrinas. -- The Review and Herald, 6 de Setembro de 1881. SC 9 12 Onde quer que se estabeleça uma igreja, todos os membros se devem empenhar ativamente em trabalho missionário. Devem visitar todas as famílias da vizinhança, e conhecer suas condições espirituais. -- Testimonies for the Church 6:296. SC 10 1 Os membros da igreja não são todos chamados a trabalhar em terras estrangeiras, mas todos têm uma parte a desempenhar na grande obra de comunicar luz ao mundo. O evangelho de Cristo é ativo e difusivo. No dia de Deus ninguém será desculpado de se haver limitado a seus próprios interesses egoístas. Há trabalho para todas as mentes e todas as mãos. Existe uma variedade de trabalho, adaptado a mentalidades diversas e variadas aptidões. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 290, 291. SC 10 2 Ele vos confiou sagrada verdade; Cristo, habitando nos membros individuais da igreja, é fonte de água que brota para vida eterna. Sois culpados diante de Deus se não fizerdes todo esforço possível para dispensar aos outros essa água viva. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 291. SC 10 3 Não estamos, como cristãos, fazendo a vigésima parte do que deveríamos fazer para ganhar almas para Cristo. Há um mundo por ser advertido, e todo cristão sincero deve ser um guia e exemplo para outros, em fidelidade, em suportar a própria cruz, em pronta e vigorosa ação, em inabalável fidelidade à causa da verdade, e em sacrifícios e trabalhos para promover a causa de Deus. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1881. SC 10 4 Na extensão em que alcançam as suas oportunidades, todo que recebeu a luz da verdade está sob a mesma responsabilidade que pesava sobre o profeta de Israel, ao qual veio a palavra: "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu pois ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte". Ezequiel 33:7. -- Testemunhos Seletos 3:288, 289. SC 10 5 A todos quantos se tornam participantes de Sua graça, o Senhor indica uma obra em benefício de outros. Cumpre-nos estar, individualmente, em nosso posto, dizendo: "Eis-me aqui, envia-me a mim". Isaías 6:8. Sobre o ministro da Palavra, a enfermeira missionária, o médico cristão, o cristão individualmente, seja ele comerciante ou fazendeiro, profissional ou mecânico -- sobre todos repousa a responsabilidade. É nossa obra revelar aos homens o evangelho de sua salvação. Todo empreendimento em que nos empenhemos deve ser um meio para esse fim. -- A Ciência do Bom Viver, 148. SC 10 6 Quando o pai de família chamou a seus servos, deu-lhes a cada um a sua obra. A toda a família de Deus cabe a responsabilidade de empregar os bens de seu Senhor. Toda a pessoa, desde a mais humilde e desconhecida à mais importante e exaltada, é um agente moral dotado de aptidões pelas quais é responsável diante de Deus. -- The Bible Echo, 10 de Junho de 1901. SC 10 7 Forças cristãs combinadas -- Irmãos e irmãs na fé, porventura surge em vosso coração a pergunta: "Sou eu guardador do meu irmão?" Gênesis 4:9. Se alegais ser filhos de Deus, sois guardadores de vosso irmão. O Senhor considera a igreja responsável pela alma daqueles para cuja salvação eles poderiam ser o instrumento. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 291. SC 10 8 O Salvador deu a própria vida a fim de estabelecer uma igreja capaz de ajudar aos sofredores, aos aflitos, aos tentados. Um grupo de crentes pode ser pobre, destituído de educação e desconhecido; todavia em Cristo podem fazer uma obra no lar, no lugar em que vivem, e mesmo em terras afastadas; obras cujos resultados serão de alcance tão vasto como a eternidade. -- A Ciência do Bom Viver, 106. SC 11 1 Fraca e defeituosa como possa parecer, a igreja é o único objeto sobre que Deus concede em sentido especial Sua suprema atenção. É o cenário de Sua graça, na qual Se deleita em revelar Seu poder de transformar corações. -- Atos dos Apóstolos, 12. SC 11 2 Alguém tem de cumprir a comissão de Cristo; alguém tem que levar avante a obra que Ele começou a fazer na Terra; e esse privilégio foi concedido à igreja. Para este fim foi ela organizada. Por que, pois, não aceitaram os membros da igreja a responsabilidade? -- Testimonies for the Church 6:295. SC 11 3 [Ele] convida a igreja a cumprir o dever que lhe é designado, mantendo alto o padrão da verdadeira reforma em seu território, permitindo que os obreiros preparados e experientes avancem para novos campos. -- Testemunhos Seletos 2:530. SC 11 4 Os crentes de Tessalônica eram verdadeiros missionários. [...] Por intermédio das verdades apresentadas, corações foram ganhos e almas acrescentadas ao número dos crentes. -- Atos dos Apóstolos, 256. SC 11 5 Foi na ordenação dos doze que se deram os primeiros passos na organização da igreja, que depois da ascensão de Cristo devia levar avante Sua obra na Terra. -- Atos dos Apóstolos, 18. SC 11 6 A igreja de Deus é o recinto de vida santa, plena de variados dons e dotada com o Espírito Santo. Os membros devem encontrar sua felicidade na felicidade daqueles a quem ajudam e abençoam. Maravilhosa é a obra que o Senhor Se propõe realizar por intermédio de Sua igreja, a fim de que Seu nome seja glorificado. -- Atos dos Apóstolos, 12, 13. SC 11 7 Nossa obra está claramente esboçada na Palavra de Deus. Cristão tem de se achar unido a cristão, uma igreja a outra igreja, o instrumento humano cooperando com o divino, cada agente subordinado ao Espírito Santo, e todos unidos para dar ao mundo as boas novas da graça de Deus. -- The General Conference Bulletin, 28 de Fevereiro de 1893, p. 421. SC 11 8 Nossas igrejas devem cooperar na obra de lavrar o solo espiritual, com a esperança de um dia ceifar. [...] O solo é improdutivo, mas a terra inculta tem de ser lavrada, e semeadas as sementes da justiça. Não vos detenhais, professores amados de Deus, como se duvidásseis de dever continuar um trabalho que há de crescer à medida que for efetuado. -- Testimonies for the Church 6:420. SC 11 9 A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. -- Atos dos Apóstolos, 9. SC 11 10 Que igreja alguma julgue ser pequena demais para exercer influência e prestar serviço na grande obra para este tempo. SC 12 1 Ide trabalhar, irmãos. Não só as grandes reuniões campais ou convenções e assembléias têm o especial favor de Deus; o mais humilde esforço de abnegado amor será coroado com Suas bênçãos, e receberá sua grande recompensa. Fazei o que podeis, e Deus aumentará vossa habilidade. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 12 2 Testemunhas -- Somos testemunhas de Cristo, e não devemos permitir que interesses e projetos mundanos absorvam nosso tempo e nossa atenção. -- Testimonies for the Church 9:53, 54. SC 12 3 "Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor. [...] Eu anunciei, e Eu salvei, e Eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor; Eu sou Deus". Isaías 43:10-12. "Eu o Senhor te chamei em justiça, e te tomarei pela mão e te guardarei, e te darei por concerto do povo, e para luz dos gentios; para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas". Isaías 42:6, 7. -- Atos dos Apóstolos, 10. SC 12 4 O povo do mundo está adorando deuses falsos. Devem ser desviados do falso culto, não por ouvir denúncia contra seus ídolos, mas vendo alguma coisa melhor. A bondade de Deus deve tornar-se notória. "Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor; Eu sou Deus". Isaías 43:12. -- Parábolas de Jesus, 299. SC 12 5 Todos os que quiserem entrar na cidade de Deus têm que, durante sua vida terrestre, representar a Cristo em seu procedimento. Isso é o que os torna mensageiros de Cristo, Suas testemunhas. Devem apresentar um claro, positivo testemunho contra todas as más práticas, apontando aos pecadores o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. -- Testemunhos Seletos 3:291. SC 12 6 Os discípulos deviam sair como testemunhas de Cristo para anunciar ao mundo o que dEle tinham visto e ouvido. Seu cargo era o mais importante dos cargos a que já haviam sido chamados seres humanos, apenas inferior ao do próprio Cristo. Eles deviam ser coobreiros de Deus na salvação dos homens. -- Atos dos Apóstolos, 19. SC 12 7 Diz o divino Mestre: "Somente o Meu Espírito é capaz de ensinar e convencer do pecado. As aparências fazem na mente impressão apenas passageira. Eu incutirei a verdade na consciência, e os homens Me serão testemunhas, sustentando em todo o mundo as Minhas reivindicações sobre o tempo, o dinheiro e o intelecto do homem." -- Testemunhos Seletos 3:159. SC 12 8 Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Temos de reconhecer-Lhe a graça segundo nos é dada a conhecer através dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus, ao revelar em nós mesmos a operação de um poder que é divino. Cada indivíduo tem uma vida diversa da de todos os outros, uma experiência que difere essencialmente da sua. Deus deseja que nosso louvor a Ele ascenda, com o cunho de nossa própria individualidade. Esses preciosos reconhecimentos para louvor da glória de Sua graça, quando corroborados por uma vida semelhante à de Cristo, possuem irresistível poder, eficaz para salvação de almas. -- O Desejado de Todas as Nações, 347. SC 13 1 Deus não pode difundir o conhecimento de Sua vontade e as maravilhas de Sua graça no mundo incrédulo, a menos que tenha testemunhas espalhadas por toda a Terra. É Seu plano que aqueles que são participantes desta grande salvação por Jesus Cristo, sejam Seus missionários, astros no mundo, sinais ao povo, cartas vivas, lidas e conhecidas por todos os homens, e cuja fé e obras dêem testemunho da proximidade da vinda do Salvador, e mostrem que não receberam a graça de Deus em vão. O povo deve ser admoestado a preparar-se para o juízo por vir. -- Testimonies for the Church 2:631, 632. SC 13 2 Meditando [os discípulos] sobre Sua vida pura, santa, sentiram que nenhum trabalho seria árduo demais, nenhum sacrifício demasiado grande, contanto que pudessem testemunhar na própria vida, da amabilidade do caráter de Cristo. Oh! se pudessem viver de novo os passados três anos, pensavam, quão diferentemente agiriam! Se pudessem somente ver o Mestre outra vez, com que ardor procurariam mostrar quão profundamente O amavam, e quanto se haviam entristecido por terem-nO ferido com uma palavra ou um ato de incredulidade! Mas estavam confortados com o pensamento de que haviam sido perdoados. E determinaram que, tanto quanto possível, expiariam sua incredulidade confessando-O corajosamente perante o mundo. -- Atos dos Apóstolos, 36. SC 13 3 Os dois possessos curados foram os primeiros missionários enviados por Cristo a pregar o evangelho na região de Decápolis. Só por poucos momentos tinham esses homens tido o privilégio de escutar os ensinos de Cristo. Nem um dos sermões de Seus lábios lhes caíra jamais ao ouvido. Não podiam ensinar o povo, como os discípulos, que se achavam diariamente com Cristo, estavam aptos a fazer. Apresentavam, porém, em si mesmos o testemunho de que Jesus era o Messias. Podiam dizer o que sabiam; o que eles próprios tinham visto e ouvido, e experimentado do poder de Cristo. É o que a todo aquele cujo coração foi tocado pela graça de Deus, é dado fazer. João, o discípulo amado, escreveu: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra de vida ...; o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos". 1 João 1:1-3. Como testemunhas de Cristo, cumpre-nos dizer o que sabemos, o que nós mesmos temos visto e ouvido e sentido. Se estivemos a seguir a Jesus passo a passo, havemos de ter qualquer coisa bem positiva a contar acerca da maneira por que nos tem conduzido. Podemos dizer como Lhe temos provado as promessas e as achado fiéis. Podemos dar testemunho do que temos conhecido da graça de Cristo. É esse o testemunho que nosso Senhor pede de nós, e por falta do qual está o mundo a perecer. -- O Desejado de Todas as Nações, 340. SC 14 1 Veículos de luz e bênção -- Devemos ser consagrados condutos através dos quais a vida celeste flua para outros. O Espírito Santo deve animar e encher toda a igreja, purificando e unindo os corações. -- Testemunhos Seletos 3:289. SC 14 2 Todo seguidor de Jesus tem uma obra a fazer como missionário de Cristo, na família, na vizinhança, na vila ou cidade em que reside. Todos os que se consagraram a Deus são veículos de luz. Deus os torna instrumentos de justiça para comunicar a outros a luz da verdade. -- Testimonies for the Church 2:632. SC 14 3 O resultado da obra de Jesus, enquanto Se sentou, fatigado e com fome, junto ao poço, foi vasto nas bênçãos. Aquela única alma a quem buscou ajudar, tornou-se um instrumento para alcançar outros, e levá-los ao Salvador. Esse tem sido sempre o meio por que a obra de Deus tem progredido na Terra. Fazei brilhar a vossa luz, e outras luzes surgirão. -- Obreiros Evangélicos, 195. SC 14 4 Muitos têm a idéia de que são responsáveis somente a Cristo pela luz e experiência que possuem, independente de Seus reconhecidos seguidores na Terra. Jesus é o Amigo dos pecadores, e Seu coração se confrange por seu infortúnio. Ele possui todo o poder, tanto no Céu como na Terra; mas respeita os meios por Ele ordenados para o esclarecimento e salvação dos homens; dirige os pecadores para a igreja por Ele feita instrumento de luz para o mundo. -- Atos dos Apóstolos, 122. SC 14 5 À igreja primitiva tinha sido confiada uma obra de constante ampliação -- estabelecer centros de luz e bênção, onde quer que existissem almas sinceras e dispostas a se dedicarem ao serviço de Cristo. -- Atos dos Apóstolos, 90. SC 14 6 Como os raios do Sol penetram até aos mais afastados recantos do globo, assim designa Deus que a luz do evangelho se estenda a toda alma sobre a Terra. Se a igreja de Cristo estivesse cumprindo o desígnio de nosso Senhor, a luz se espargiria sobre todos quantos estão assentados nas trevas e na região da sombra da morte. -- Beneficência Social, 42. SC 14 7 Toda pessoa tem o privilégio de ser um conduto vivo, pelo qual Deus pode comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis riquezas de Cristo. Nada há que Cristo mais deseje do que agentes que representem ao mundo Seu Espírito e caráter. Não há nada de que o mundo mais necessite que da manifestação do amor do Salvador, mediante a humanidade. Todo o Céu está à espera de condutos pelos quais possa ser vertido o óleo santo para ser uma alegria e bênção para os corações humanos. -- Parábolas de Jesus, 419. SC 14 8 A glória da igreja de Deus reside na piedade de seus membros; pois ali está o esconderijo do poder de Cristo. A influência dos sinceros filhos de Deus pode ser estimada de pouco valor, mas será sentida através dos tempos, e devidamente revelada no dia da recompensa. A luz de um cristão genuíno, que brilha em perseverante piedade, em fé inabalável, demonstrará ao mundo o poder de um Salvador vivo. Em Seus seguidores será Cristo revelado como manancial de água, que salta para vida eterna. Embora mal conhecidos pelo mundo, são reconhecidos como povo peculiar de Deus, Seus escolhidos vasos de salvação, Seus veículos por meio dos quais será transmitida luz ao mundo. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1891. SC 15 1 Membros da igreja, fazei resplandecer a luz. Fazei ouvir vossas vozes em humildes súplicas, em testemunho contra a intemperança, a loucura e os divertimentos deste mundo, e na proclamação da verdade para este tempo. Vossa voz, vossa influência, vosso tempo -- tudo isso são dons de Deus, e devem ser usados em ganhar pessoas para Cristo. -- Testimonies for the Church 9:38. SC 15 2 Tem-me sido mostrado que os discípulos de Cristo são Seus representantes na Terra; e é o desígnio de Deus que eles sejam luzes nas trevas morais deste mundo, espalhados por toda parte, nos lugarejos, vilas e cidades, "feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens". 1 Coríntios 4:9. -- Testimonies for the Church 2:631. SC 15 3 Os seguidores de Cristo devem ser a luz do mundo; mas Deus não lhes manda fazer um esforço para brilhar. Ele não aprova nenhum esforço de satisfação própria para exibir uma bondade superior. Deseja que sua alma esteja imbuída dos princípios do Céu; então, ao se porem em contato com o mundo, revelarão a luz que neles está. Sua firme fidelidade, em todos os atos da vida, será um meio de iluminação. -- A Ciência do Bom Viver, 36. SC 15 4 Quando, em meio ao seu erro cego e cego preconceito, Saulo recebeu uma revelação de Cristo, a quem estava perseguindo, foi ele colocado em comunicação direta com a igreja, a qual é a luz do mundo. Neste caso, Ananias representa Cristo, como representa também os ministros de Cristo sobre a Terra, os quais são indicados para agir em Seu lugar. No lugar de Cristo, Ananias toca os olhos de Saulo para que este possa receber a vista. Em lugar de Cristo, coloca suas mãos sobre ele, e enquanto ora em nome de Cristo, Saulo recebe o Espírito Santo. Tudo é feito no nome e pela autoridade de Cristo. Cristo é a fonte; a igreja, o canal de comunicação. -- Atos dos Apóstolos, 122. SC 15 5 Prevalece por toda parte o erro. O grande adversário das almas está arregimentando suas forças. Está pondo em operação todos os artifícios, a fim de confundir a mente dos homens com erros especiosos, e assim destruir almas. Aqueles a quem Deus confiou os tesouros de Sua verdade devem fazer brilhar a luz em meio das trevas morais. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 290. SC 15 6 Deus requer que Seu povo brilhe como luzes no mundo. Não é somente dos pastores que isso se exige, mas de todo o discípulo de Cristo. Sua conversação deve ser celestial. E ao passo que desfrutam comunhão com Deus, desejarão comunicar-se com seus semelhantes, a fim de exprimir, por palavras e atos, o amor de Deus que lhes anima o coração. Por essa maneira serão luzes no mundo, e a luz transmitida por meio deles não se extinguirá, nem lhes será tirada. -- Testimonies for the Church 2:122, 123. SC 15 7 Os seguidores de Cristo devem ser instrumentos de justiça, obreiros, pedras vivas, emitindo luz, a fim de que possam convidar a presença de santos anjos. Requer-se deles que sejam canais, por assim dizer, através dos quais flua o espírito da verdade e justiça. -- Testimonies for the Church 2:126, 127. SC 16 1 O Senhor fez de Sua Igreja o reservatório de influência divina. O universo celestial está à espera de que os membros se tornem canais pelos quais flua para o mundo a corrente de vida, a fim de que muitos se convertam, e por sua vez se tornem condutos pelos quais a graça de Cristo flua para as regiões desertas da vinha do Senhor. -- The Bible Echo, 12 de Agosto de 1901. SC 16 2 Todo aquele que se acha ligado a Deus, comunicará luz aos outros. Se existir alguém que não tenha luz a comunicar, é porque não tem ligação com a Fonte de luz. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 291. SC 16 3 Deus designou Seus filhos para proporcionarem luz aos outros, e se deixarem de o fazer, e almas forem deixadas nas trevas do erro por sua falta em fazer aquilo que poderiam ter feito se tivessem sido vivificados pelo Espírito Santo, serão então responsáveis perante Deus. Fomos chamados das trevas para Sua maravilhosa luz, a fim de que pudéssemos anunciar as virtudes de Cristo. -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1893. SC 16 4 Todos quantos se consagram a Deus, podem ser portadores de luz. Deus os torna instrumentos Seus para comunicar a outros as riquezas de Sua graça. [...] Nossa influência sobre outros não depende tanto do que dizemos, mas do que somos. Os homens podem combater ou desafiar a nossa lógica, podem resistir a nossos apelos; mas a vida de amor desinteressado é um argumento que não pode ser contradito. A vida coerente, caracterizada pela mansidão de Cristo, é uma força no mundo. -- O Desejado de Todas as Nações, 141, 142. SC 16 5 Os que deveriam ser a luz do mundo, têm emitido apenas raios débeis e enfermiços. Que é a luz? É piedade, bondade, verdade, misericórdia, amor; é a revelação da verdade no caráter e na vida. O evangelho depende da piedade pessoal de seus crentes, quanto a seu poder intensivo, e Deus tomou providências, mediante a morte de Seu Filho amado, para que toda alma pudesse estar perfeitamente instruída para toda boa obra. Toda pessoa deve ser uma luz brilhante e resplandecente, anunciando as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. "Nós somos cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. Sim, cooperadores; isto quer dizer prestar sincero serviço na vinha do Senhor. Há pessoas a serem salvas -- em nossas igrejas, em nossas Escolas Sabatinas e em nossa vizinhança. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1891. SC 16 6 É trabalhando por outros que eles manterão vivas suas próprias almas. Se eles se tornarem colaboradores de Cristo, veremos em nossas igrejas a luz constantemente brilhando, mais e mais resplandecente, enviando seus raios a penetrarem as trevas para além de suas próprias fronteiras. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 291. SC 16 7 "Vós sois a luz do mundo". Mateus 5:14. Os judeus pensavam limitar os benefícios da salvação a seu próprio povo; mas Jesus mostrou-lhes que a salvação é como a luz do Sol. Pertence ao mundo. -- O Desejado de Todas as Nações, 306, 307. SC 16 8 Corações que correspondem à influência do Espírito Santo, são condutos por onde fluem as bênçãos divinas. Fossem os servos de Deus tirados da Terra, e Seu Espírito retirado dentre os homens, este mundo seria entregue à desolação e destruição, o fruto do domínio de Satanás. Conquanto os ímpios não o saibam, devem até mesmo as bênçãos desta vida, à presença do povo de Deus no mundo, esse povo que desprezam e oprimem. Mas se os cristãos o são apenas de nome, são como o sal que perdeu o sabor. Não exercem nenhuma influência para bem no mundo. São, pela falsa representação de Deus, piores que os incrédulos. -- O Desejado de Todas as Nações, 306. SC 17 1 A comissão divina -- A obra que os discípulos fizeram, também nós devemos fazer. Todo cristão deve ser missionário. Cumpre-nos, em simpatia e compaixão, servir aos que necessitam de auxílio, buscando com abnegado zelo aliviar as misérias da humanidade sofredora. -- A Ciência do Bom Viver, 104. SC 17 2 Antes de ascender ao Céu, Cristo deu aos discípulos uma comissão. Disse-lhes que eles deviam ser os executores do testamento no qual Ele legava ao mundo os tesouros da vida eterna. -- Atos dos Apóstolos, 27. SC 17 3 Crentes de todos os séculos têm tomado parte na incumbência dada aos primeiros discípulos. Todos os que receberam o evangelho, receberam a sagrada verdade para repartir ao mundo. Os fiéis de Deus têm sido sempre destemidos missionários, consagrando seus recursos para a honra de Seu nome, e sabiamente usando seus talentos em Seu serviço. -- Atos dos Apóstolos, 109. SC 17 4 A comissão evangélica é a Carta Magna missionária do reino de Cristo. Os discípulos devem trabalhar fervorosamente pelas almas, dando a todas o convite de misericórdia. Não devem esperar que o povo venha a eles; devem eles ir ao povo com sua mensagem. -- Atos dos Apóstolos, 28. SC 17 5 Os mensageiros de Deus são incumbidos de empenhar-se na mesma obra que Cristo fazia enquanto esteve na Terra. Devem-se entregar a todos os ramos de serviço que Ele desenvolveu. Com zelo e sinceridade, devem falar aos homens acerca das insondáveis riquezas e do imortal tesouro celeste. -- Testemunhos Seletos 3:349. SC 17 6 A comissão dada aos discípulos também é dada a nós. Hoje, como então, um Salvador crucificado e ressuscitado deve ser exaltado perante os que se acham sem Deus e sem esperança no mundo. O Senhor pede pastores, mestres e evangelistas. De porta em porta têm Seus servos que proclamar a mensagem de salvação. A toda nação, tribo, língua e povo as novas de perdão por Cristo devem ser levadas. Não de maneira fraca e sem vida se há de pregar a mensagem, mas com clareza, decisão e veemência. Centenas estão esperando a advertência para escapar e salvar a vida. O mundo necessita ver nos cristãos uma evidência do poder do cristianismo. Não somente em poucos lugares, mas em todo o mundo são necessárias mensagens de misericórdia. -- Obreiros Evangélicos, 29. SC 17 7 Quando Jesus ascendeu ao Céu, confiou Sua obra na Terra àqueles que haviam recebido a luz do evangelho. Eles deviam levar avante a obra, até sua finalização. Não proveu nenhum outro meio para a proclamação de Sua verdade. "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura". Marcos 16:15. "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos". Mateus 28:20. Esta solene comissão estende-se até nós, neste século. Deus deixa com Sua igreja a responsabilidade de aceitá-la, ou rejeitá-la. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 288. SC 18 1 Sobre nós está colocado um sagrado encargo. Foi-nos dada a comissão: "Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; instruindo-as a observar todas as coisas que vos tenho mandado. Eis que Eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo". Mateus 28:19, 20. Sois consagrados à obra de tornar conhecido o evangelho da salvação. A perfeição celestial deve ser vosso poder. -- Testimonies for the Church 9:20, 21. SC 18 2 Chamados das carreiras comuns -- O povo comum deve ocupar seu lugar como obreiros. Compartilhando as dores de seus semelhantes da mesma maneira que o Salvador participou das da humanidade, vê-Lo-ão, pela fé, trabalhando juntamente com eles. -- Obreiros Evangélicos, 38. SC 18 3 Em todos os campos, próximos e distantes, haverá homens que serão chamados do guidão do arado e das mais comuns profissões no comércio em geral preferidas, para ligarem-se a homens experimentados e ser por eles instruídos. À medida que aprendam a trabalhar e se tornem eficientes, proclamarão a verdade com poder. Por causa das maravilhosas operações da providência divina, montanhas de dificuldades serão removidas e lançadas ao mar. A mensagem que tanta importância tem para os habitantes da Terra, será ouvida e compreendida. Os homens discernirão a verdade. A obra progredirá mais e mais até que a Terra inteira seja advertida; então virá o fim. -- Testemunhos Seletos 3:332. SC 18 4 Deus pode servir-Se, e servir-Se-á dos que não tiverem instrução esmerada nas escolas dos homens. Duvidar de Seu poder para fazer isso, é manifesta incredulidade; é limitar o poder onipotente dAquele para quem nada é impossível. Quem dera que houvesse menos dessa cautela indesejável, desconfiante! Ela deixa tantas forças da igreja sem serem usadas; fecha o caminho, de modo que o Espírito Santo não Se possa utilizar de homens; mantém em ociosidade os que estão dispostos e ansiosos para trabalhar segundo a maneira de Cristo; desencoraja de entrarem na obra a muitos que se tornariam coobreiros eficientes de Deus, se se lhes desse uma oportunidade razoável. -- Obreiros Evangélicos, 488, 489. SC 18 5 Todos têm o privilégio de progredir. Os que estão unidos a Cristo crescerão na graça e no conhecimento do Filho de Deus, até alcançar a estatura completa de homens e mulheres. Se todos quantos professam crer na verdade houvessem aproveitado bem as suas aptidões e oportunidades de aprender e praticar, ter-se-iam tornado fortes em Cristo. Não importa a sua ocupação -- lavradores, mecânicos, professores ou pastores -- se se tivessem consagrado inteiramente a Deus, poderiam haver-se tornado obreiros eficientes do Mestre celestial. -- Testemunhos Seletos 3:57. SC 18 6 Os que na igreja têm talentos suficientes para se empenhar em qualquer das várias vocações da vida, tais como ensinar, construir, manufaturar e lavrar a terra, geralmente deveriam ser preparados para trabalhar pela edificação da igreja mediante o servirem em comissões ou como professores da Escola Sabatina, empenhando-se em trabalho missionário, ou preenchendo os diferentes cargos ligados à igreja. -- The Review and Herald, 15 de Fevereiro de 1887. SC 19 1 Para a tarefa de levar avante Sua obra, Cristo não escolheu os doutos ou eloqüentes do Sinédrio judaico ou do poder de Roma. Passando por alto os ensinadores judaicos cheios de justiça própria, o Mestre por excelência escolheu homens humildes, iletrados, para proclamarem as verdades que deviam abalar o mundo. Ele Se propôs preparar e educar esses homens para dirigentes de Sua igreja. Eles, por sua vez, deviam educar outros e enviá-los com a mensagem evangélica. Para que pudessem ter sucesso em sua obra, deviam eles receber o poder do Espírito Santo. Não pelo poder humano ou humana sabedoria devia o evangelho ser proclamado, mas pelo poder de Deus. -- Atos dos Apóstolos, 17. SC 19 2 Entre aqueles a quem o Salvador dera a missão: "Portanto ide, ensinai todas as nações" (Mateus 28:19), havia muitos que eram das camadas mais humildes, homens e mulheres que tinham aprendido a amar seu Senhor, e que decidiram seguir Seu exemplo de abnegado serviço. A estes humildes, bem como aos discípulos que tinham estado com o Salvador durante Seu ministério terrestre, fora confiado o precioso encargo. Deveriam levar ao mundo as alegres novas da salvação por meio de Cristo. -- Atos dos Apóstolos, 105, 106. SC 19 3 A vida vitoriosa -- Não é somente pregando a verdade, ou distribuindo literatura, que devemos ser testemunhas de Deus. Lembremo-nos de que uma vida semelhante à de Cristo é o mais poderoso argumento que pode ser apresentado em favor do cristianismo, e que o cristão que não é fiel à sua profissão causa mais dano ao mundo do que um mundano. SC 19 4 Nem todos os livros escritos poderiam substituir uma vida santa. Os homens acreditarão, não no que o pastor prega, mas no que a igreja pratica em sua vida. Com excessiva freqüência, a influência do sermão pregado do púlpito é anulada pelo sermão feito na vida dos que professam ser partidários da verdade. -- Testemunhos Seletos 3:289, 290. SC 19 5 A vida de Cristo foi uma influência sempre crescente e ilimitada; influência que O ligava a Deus e a toda a família humana. Mediante Cristo, Deus conferiu ao homem uma influência que lhe torna impossível viver para si próprio. Individualmente temos ligação com nossos semelhantes, parte da grande família de Deus, e estamos sob obrigações mútuas. Ninguém pode ser independente de seu próximo; porque o bem-estar de cada um afeta a outros. É propósito de Deus que cada um se sinta imprescindível ao bem-estar dos outros, e procure promover a sua felicidade. -- Parábolas de Jesus, 339. SC 19 6 A religião da Bíblia não deve ser confinada dentro da capa de um livro, ou entre as paredes de uma igreja, nem ser manifestada acidentalmente, para nosso proveito, sendo então posta de novo à margem. Cumpre santificar a vida diária, manifestar-se em toda transação de negócio, e em todas as relações sociais. -- O Desejado de Todas as Nações, 224. SC 20 1 É desígnio de Deus que Seu povo O glorifique perante o mundo. Ele espera que aqueles que usam o nome de Cristo O representem em pensamento, palavra e ação. Seus pensamentos devem ser puros, e nobres as suas palavras, de molde a elevar e conduzir os que os cercam para mais perto do Salvador. Tudo quanto fazem e dizem deve achar-se impregnado da religião de Cristo. Até suas transações comerciais devem recender o aroma da presença de Deus. -- Testemunhos Seletos 3:290. SC 20 2 Façam os comerciantes seus negócios de maneira a glorificar seu Senhor, mediante sua fidelidade. Que liguem sua religião a tudo quanto fizerem e revelem aos homens o Espírito de Cristo. O mecânico seja um fiel e diligente representante dAquele que lidou nas humildes tarefas da vida, nas cidades da Judéia. Todo aquele que toma em seus lábios o nome de Cristo proceda de tal modo que os homens, vendo suas boas obras, sejam levados a glorificar seu Criador e Redentor. -- The Bible Echo, 10 de Junho de 1901. SC 20 3 Mulheres missionárias -- As mulheres, na mesma maneira que os homens, podem empenhar-se na obra de colocar a verdade onde possa atuar e manifestar-se. Podem ocupar seu lugar na obra, na presente crise, e o Senhor há de operar por seu intermédio. Se estiverem possuídas do sentimento do dever, e trabalharem sob a influência do Espírito de Deus, possuirão exatamente a serenidade tão necessária no tempo atual. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz de Seu semblante, e isso lhes dará uma força que excederá à dos homens. Elas podem fazer nas famílias uma obra que aos homens não é possível, uma obra que alcança a vida interior. É-lhes dado pôr-se em contato íntimo com o coração de pessoas de quem os homens não se podem aproximar. Sua obra é necessária. Mulheres discretas e humildes podem realizar boa obra explicando a verdade ao povo, em suas casas. Assim explanada, a Palavra de Deus efetuará sua obra, qual fermento, e mediante sua influência converter-se-ão famílias inteiras. -- Testemunhos Seletos 3:347. SC 20 4 Todos quantos trabalham para Deus, devem possuir um misto dos atributos de Marta e de Maria -- boa vontade para servir e sincero amor pela verdade. O próprio eu e o egoísmo precisam ser perdidos de vista. Deus demanda fervorosas obreiras, prudentes, afetivas, ternas e fiéis aos princípios. Ele convida mulheres perseverantes, que tiram o pensamento de si mesmas e de seu interesse pessoal, concentrando-o em Cristo, proferindo palavras de verdade, orando com as pessoas às quais conseguem acesso, trabalhando pela conversão de pessoas. -- Testemunhos Seletos 2:405. SC 20 5 As irmãs podem trabalhar eficientemente angariando assinaturas de nossas revistas, levando assim a luz a muitos. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 20 6 Há mulheres nobres que, em vista da evidência, tiveram valor moral para se decidirem em favor da verdade. Aceitaram-na conscienciosamente. Possuem tato, percepção e capacidade, e terão êxito em sua obra para o Mestre. Necessitam-se mulheres cristãs. SC 21 1 Nossas irmãs podem servir como obreiras vigilantes, escrevendo a amigos que hajam recebido nossas revistas e folhetos e descobrindo-lhes os verdadeiros sentimentos. [...] Necessitam-se mulheres de princípios firmes e caráter decidido; mulheres que crêem que estamos de fato vivendo nos últimos dias, e que possuímos a última solene mensagem de advertência a ser dada ao mundo. [...] Estas são as que Deus pode usar no trabalho com folhetos e na obra missionária. [...] Elas podem, por muitas maneiras, fazer uma obra preciosa para Deus espalhando folhetos e distribuindo judiciosamente Signs of the Times. SC 21 2 Não recomendo que a mulher busque tornar-se eleitora ou ocupar um cargo público; mas ela pode fazer muito como missionária, ensinando a verdade por meio de correspondência, distribuindo folhetos e solicitando assinaturas para revistas, que contêm a solene verdade para este tempo. -- The Review and Herald, 19 de Dezembro de 1878. SC 21 3 Se onde hoje existe uma mulher, houvesse vinte que fizessem dessa santa missão sua obra acarinhada, veríamos muito mais pessoas convertidas à verdade. SC 21 4 Necessitam-se agora mulheres que possam trabalhar, mulheres que não sejam importantes a sua própria vista, mas mansas e humildes de coração, que trabalhem com a mansidão de Cristo, onde quer que encontrem trabalho a fazer pela salvação de almas. -- The Review and Herald, 2 Janeiro de 1879. SC 21 5 Centenas de nossas irmãs poderiam estar trabalhando hoje, se quisessem. Elas devem vestir com simplicidade a si e a seus filhos, com trajes decentes e duráveis, sem adornos, e dedicar à obra missionária o tempo que têm gasto com inúteis ostentações. Podem-se escrever cartas a amigos distantes. Nossas irmãs se podem reunir para consultar quanto à melhor maneira de trabalhar. Pode-se economizar dinheiro para ofertar a Deus, a fim de ser empregado em revistas e folhetos para enviar aos amigos. Aquelas que agora não estão fazendo nada deviam trabalhar. Que cada irmã que professa ser filha de Deus sinta em verdade a responsabilidade de ajudar a todos que lhe estiverem ao alcance. SC 21 6 Nossas irmãs têm sido muito prontas para se escusarem de aceitar responsabilidades que requeiram meditação e acurada aplicação mental; entretanto esta é exatamente a disciplina que elas precisam para aperfeiçoar a experiência cristã. Podem ser obreiras no campo missionário, interessando-se pessoalmente na distribuição de folhetos e revistas que representem corretamente nossa fé. -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1878. SC 21 7 Irmãs, não vos canseis do atento trabalho missionário. Todas vós podereis empenhar neste trabalho com êxito, se estiverdes em comunhão com Deus. Antes de escrever cartas indagadoras, elevai sempre a Deus o coração numa prece, para que sejais bem-sucedidas em reunir alguns galhos silvestres que se possam enxertar na Videira verdadeira, e dêem frutos para a glória de Deus. Todas as que, de coração humilde, tomarem parte nessa obra, estarão se educando continuamente como obreiras na vinha do Senhor. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. ------------------------Capítulo 2 -- O chamado aos jovens SC 22 1 Designação divina -- O Senhor designou os jovens para serem Sua mão auxiliadora. -- Testemunhos Seletos 3:104. SC 22 2 Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo! -- Educação, 271. SC 22 3 Temos hoje em dia um exército de jovens que podem fazer muito, se devidamente dirigidos e animados. Queremos que nossos filhos acreditem na verdade. Queremos que eles sejam abençoados por Deus. Queremos que eles tomem parte em planos bem organizados para auxiliarem outros jovens. Que todos sejam tão bem preparados, que possam representar devidamente a verdade, dando a razão da esperança que há neles, e honrando a Deus em qualquer ramo da obra no qual se achem aptos a trabalhar. -- General Conference Bulletin, 24. SC 22 4 A juventude na obra da igreja -- O talento juvenil, bem organizado e bem exercitado, é necessário em nossas igrejas. Os jovens farão alguma coisa com suas transbordantes energias. A menos que essas energias sejam dirigidas por condutos certos, serão pelos jovens usadas de maneira que ferirá sua própria espiritualidade e se demonstrará um mal àqueles com quem se associam. -- Obreiros Evangélicos, 211. SC 22 5 Havendo a juventude entregado o coração a Deus, não cessa ainda nossa responsabilidade em seu favor. É preciso que eles se interessem na obra do Senhor, e sejam levados a ver que Ele espera que façam alguma coisa para que Sua causa avance. Não basta mostrar quanto se precisa fazer, e insistir com a mocidade para tomar parte. É necessário ensinar-lhes a maneira de trabalhar para o Mestre. Exercitá-los, discipliná-los, adestrá-los nos melhores métodos de atrair almas para Cristo. Ensinai-os a experimentar, quieta e despretensiosamente, auxiliar seus jovens companheiros. Disponham-se sistematicamente vários ramos de trabalho missionário, nos quais eles possam tomar parte, e dêem-se-lhes instruções e auxílio. Assim aprenderão a trabalhar para Deus. -- Obreiros Evangélicos, 210. SC 22 6 Na infância -- Que a bondade e cortesia do pastor se manifeste no trato para com as crianças. Convém que tenha sempre em mente que os mesmos são homens e mulheres em miniatura, membros mais novos da família do Senhor, os quais podem estar bem achegados e ser mui caros ao Mestre e, caso sejam devidamente instruídos e disciplinados, ser-Lhe-ão de utilidade, mesmo em seus tenros anos. -- Testemunhos Seletos 1:528. SC 23 1 Não se passe por alto a juventude; compartilhem eles do trabalho e da responsabilidade. Sintam caber-lhes uma parte a desempenhar no ajudar e beneficiar a outros. As próprias crianças devem ser ensinadas a fazer pequenos serviços de amor e misericórdia em favor dos menos afortunados. -- Testemunhos Seletos 3:68. SC 23 2 Os pais devem ensinar a seus filhos o valor e o bom uso do tempo. Ensinem-lhes que é digno esforçar-se para fazer algo que honre a Deus e abençoe a humanidade. Mesmo na infância podem ser missionários para Deus. -- Parábolas de Jesus, 345. SC 23 3 O futuro que aguarda os jovens -- Muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembléias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos palácios reais, como testemunhas do Rei dos reis. -- Educação, 262. SC 23 4 Timóteo, apenas um jovem ao ser escolhido -- Paulo viu que Timóteo era fiel, firme e leal, e escolheu-o como companheiro de trabalho e de viagem. Os que haviam ensinado Timóteo na infância foram recompensados com vê-lo, ao filho de seu cuidado, ligado em íntima associação com o grande apóstolo. Timóteo era um simples jovem quando foi escolhido por Deus para ser um ensinador; mas seus princípios tinham sido tão estabelecidos por sua educação dos primeiros anos, que ele estava apto a ocupar seu lugar como auxiliar de Paulo. E embora jovem, levou suas responsabilidades com humildade cristã. -- Atos dos Apóstolos, 203, 204. SC 23 5 Reservas para preencher os cargos -- Os portadores de responsabilidades entre nós estão sucumbindo pela morte. Muitos dos que se têm destacado em levar avante as reformas instituídas por nós como um povo, acham-se agora para além do meridiano da vida, e declinam em vigor físico e mental. Com o mais profundo interesse se pode fazer a pergunta: Quem preencherá o lugar deles? A quem se podem confiar os interesses vitais da igreja, quando os atuais porta-estandartes tombarem? Não podemos deixar de volver-nos ansiosamente para a juventude de hoje, como os que têm de assumir esses cargos e sobre quem têm de recair as responsabilidades. Esses devem tomar a obra onde os outros a deixarem, e sua conduta determinará se há de predominar a moralidade, a religião e a piedade vital, ou se a imoralidade e a infidelidade hão de corromper e danificar tudo que é valioso. -- Obreiros Evangélicos, 68. SC 24 1 Pioneiros do labor e sacrifício -- Cumpre-nos mostrar confiança em nossos jovens. Eles deviam ser pioneiros em todo empreendimento que exigisse esforço e sacrifício, ao passo que os sobrecarregados servos de Cristo deviam ser prezados como conselheiros, para animar e abençoar os que têm de desferir os mais pesados golpes em favor de Deus. SC 24 2 Há necessidade de jovens. Deus os chama aos campos missionários. Achando-se relativamente livres de cuidados e responsabilidades, estão em condições mais favoráveis para se empenhar na obra do que os que têm de prover o sustento e educação de uma grande família. Demais, os jovens podem mais facilmente adaptar a sociedades e climas novos, sendo mais aptos a suportar incômodos e fadigas. Com tato e perseverança, podem-se pôr em contato com o povo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 516, 517. SC 24 3 Muitos jovens que no lar tiveram o tipo adequado de educação devem ser preparados para o serviço, e animados a erguer o estandarte da verdade em novos lugares, mediante trabalho fiel e bem planejado. Associando-se com os nossos pastores e obreiros experimentados em trabalho nas cidades, obterão a melhor espécie de preparo. Agindo sob a direção divina, e sustentados pelas orações de seus coobreiros mais experientes, podem fazer bom e abençoado trabalho. Ao unirem seus esforços aos dos obreiros mais idosos, empregando as energias juvenis da melhor forma, terão a companhia de anjos celestiais; e como colaboradores de Deus, têm o privilégio de cantar e orar e crer, e trabalhar com ânimo e liberdade. A confiança e segurança que a presença dos agentes celestiais lhes trará, a eles e aos seus coobreiros, levá-los-á à oração e louvor, e à simplicidade da fé verdadeira. -- Testimonies for the Church 9:119. SC 24 4 Ramos de trabalho -- Há muitos ramos em que os jovens podem encontrar ensejo para útil esforço. Devem organizar-se e educar-se cabalmente grupos para trabalhar como enfermeiros, visitadores evangélicos, obreiros bíblicos, colportores, pastores e evangelistas médico-missionários. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 546. SC 24 5 Devemos educar os jovens em ajudar a juventude; e, ao fazerem essa obra, obterão uma experiência que os habilitará a tornarem-se consagrados obreiros em mais ampla esfera. -- Testemunhos Seletos 2:402. SC 24 6 Jovens de ambos os sexos devem ser educados para se tornarem obreiros na própria vizinhança e em outros lugares. Que todos apliquem a mente e o coração a fim de se tornarem inteligentes no que diz respeito à obra para este tempo, habilitando-se para fazerem aquilo para que possuem mais aptidões. -- Testimonies for the Church 9:118, 119. SC 24 7 O segredo do êxito -- Prossegui, jovens, em conhecer ao Senhor, e sabereis que "como a alva será a Sua saída". Oséias 6:3. Procurai desenvolver-vos continuamente. Esforçai-vos fervorosamente por manter estreitas relações com o Redentor. Vivei em Cristo pela fé. Fazei a obra que Ele fazia. Vivei para salvação das almas por quem Ele deu Sua vida. Buscai ajudar por todos os meios aqueles com quem chegardes em contato. [...] Conversai com vosso Irmão mais velho, o qual completará vossa educação, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. Uma íntima ligação com Aquele que Se ofereceu a Si mesmo em sacrifício para salvar um mundo a perecer, tornar-vos-á obreiros aceitáveis. -- Obreiros Evangélicos, 97. SC 25 1 Organizados para o serviço -- Jovens de ambos os sexos, não vos podeis organizar em grupos e, como soldados de Cristo, alistar-vos na obra, pondo todo o vosso tato, vossa habilidade e talento no serviço do Mestre, a fim de poderdes salvar almas da ruína? Que em toda a igreja haja grupos organizados para fazer essa obra. [...] Não quererão os jovens que realmente amam a Jesus organizar-se como obreiros, não somente em favor daqueles que professam ser observadores do sábado, mas também dos que não pertencem à nossa fé? -- The Signs of the Times, 29 de Maio de 1893. SC 25 2 Saiam nossos jovens -- rapazes e moças -- e crianças a trabalhar em nome de Jesus. Unam-se num plano de ação. Não podeis formar um grupo de obreiros, e estabelecer ocasiões para orardes juntos e pedir ao Senhor que vos dê Sua graça, desenvolvendo uma ação coesa? -- The Youth's Instructor, 9 de Agosto de 1894. ------------------------Capítulo 3 -- Condições dominantes entre o povo de Deus SC 26 1 Falta de espírito missionário -- Tem havido pouco espírito missionário entre os adventistas observadores do sábado. Se os pastores e o povo estivessem suficientemente despertos, não se deixariam ficar assim indiferentes, quando Deus os honrou tornando-os os depositários de Sua lei, imprimindo-a em seu espírito e escrevendo-a em seu coração. -- Testimonies for the Church 3:202. SC 26 2 O verdadeiro espírito missionário desertou das igrejas que fazem tão alta profissão; os corações já não se acham abrasados com o amor pelas almas e o desejo de levá-las para o redil de Cristo. Faltam-nos obreiros fervorosos. Não haverá ninguém que responda ao clamor que vem de todas as partes: "Passa [...] e ajuda-nos"? Atos dos Apóstolos 16:9. -- Testimonies for the Church 4:156. SC 26 3 Foi-me mostrado que como um povo somos deficientes. Nossas obras não estão de acordo com a nossa fé. Nossa fé testifica que vivemos sob a proclamação da mais solene e importante mensagem que já foi dada a mortais. Entretanto, à plena vista deste fato, nossos esforços, nosso zelo, nosso espírito de sacrifício não estão à altura do caráter da obra. Devemos despertar dentre os mortos, e Cristo nos dará vida. -- Testimonies for the Church 2:114. SC 26 4 Dói-me o coração quando penso em quão pouco nossas igrejas sentem suas solenes responsabilidades para com Deus. Não são só os pastores que são soldados, mas todo homem e mulher que se alistou no exército de Cristo; e estarão eles dispostos a sujeitar-se à comida de um soldado, exatamente como Cristo lhes deu exemplo em Sua vida de abnegação e sacrifício? Que abnegação têm manifestado nossas igrejas, em geral? Podem ter feito donativos em dinheiro, mas não se terem dado a si mesmos. -- The General Conference Bulletin, 131 (1893). SC 26 5 Muitos dos professos seguidores de Cristo não sentem mais preocupação pelas almas do que o faz o mundo. A concupiscência dos olhos e a soberba da vida, o amor à ostentação, o amor à comodidade, separam de Deus os professos cristãos, e o espírito missionário, em realidade, só existe em poucos. Que pode, porém, ser feito para abrir os olhos desses pecadores em Sião, e fazer tremer os hipócritas? -- The General Conference Bulletin, 132 (1893). SC 26 6 Há uma classe representada por Meroz. O espírito missionário jamais se apoderou de sua alma. Os apelos das missões estrangeiras não os despertaram para a ação. Que contas prestarão a Deus esses que coisa alguma estão fazendo em Sua causa -- coisa alguma para ganhar almas para Cristo? Esses receberão a sentença: "Mau e negligente servo". Mateus 25:26. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 290. SC 27 1 Como ilustração da falha de vossa parte em vir ao socorro da causa de Deus, como era vosso privilégio, foram-me lembradas as palavras: "Amaldiçoai a Meroz, diz o anjo do Senhor, duramente amaldiçoai aos seus moradores; porquanto não vieram em socorro do Senhor, em socorro do Senhor com os valorosos". Juízes 5:23. -- Testimonies for the Church 2:247. SC 27 2 Classe autocomplacente -- Foi-me apresentada uma classe cônscia de possuir impulsos generosos, sentimentos de devoção, e amor ao fazer o bem; entretanto, ao mesmo tempo nada estão fazendo. Possuem sentimentos de complacência própria, lisonjeando-se de que, se tivessem oportunidade, ou as circunstâncias fossem mais favoráveis, poderiam fazer e fariam uma grande e boa obra; mas aguardam a oportunidade. Desprezam o espírito estreito do infeliz mesquinho que dá de má vontade a pequenina esmola ao necessitado. Vêem eles que ele vive para si mesmo, que não deseja ser chamado para fazer bem aos outros, para abençoá-los com os talentos de influência e meios que lhe foram confiados para deles usar, não abusar, nem para deixar que enferrujem, ou fiquem enterrados no solo. Os que se entregam a sua avareza e egoísmo, são responsáveis por seus atos mesquinhos, e responsáveis também pelos talentos dos quais abusam. Mais responsáveis, porém, são os que têm impulsos generosos, e são naturalmente ligeiros em discernir coisas espirituais, se permanecerem inativos, aguardando uma oportunidade que supõem não haver chegado, e ao mesmo tempo comparando sua disposição de agir, com a disposição do mesquinho, e refletindo que seu estado é mais favorável do que o de seus semelhantes de alma mesquinha. Esses se enganam a si mesmos. A mera posse de qualidades que não se põem em uso, tão-somente lhes aumenta a responsabilidade; e se deixam inaproveitados ou entesourados os talentos de seu Senhor, seu estado não é melhor que o de seus semelhantes, por cuja alma sentem tanto desprezo. A eles se dirá: "Sabíeis a vontade do Senhor e não a cumpristes". -- Testimonies for the Church 2:250, 251. SC 27 3 Torpor mortal -- O povo de Deus deve acatar a advertência e discernir os sinais dos tempos. Os sinais da vinda de Cristo são demasiado claros para deles se duvidar; e em vista destas coisas, todo aquele que professa a verdade deve ser um pregador vivo. Deus chama a todos, tanto os pregadores como o povo, para que despertem. Todo o Céu está alerta. As cenas da história terrestre estão em rápido desfecho. Achamo-nos entre os perigos dos últimos dias. Maiores perigos se encontram diante de nós, e ainda não estamos despertos. Esta falta de atividade e fervor na causa de Deus, é terrível. Esse mortal torpor vem de Satanás. -- Testemunhos Seletos 1:87, 88. SC 27 4 A incredulidade, como o manto da morte, está envolvendo nossas igrejas, porque não empregam os talentos que Deus lhes deu, comunicando a luz aos que não conhecem a preciosa verdade. O Senhor chama as almas perdoadas, as que se regozijam na luz que têm, para tornarem conhecida a outros a verdade. -- The General Conference Bulletin, 133 (1893). SC 28 1 Satanás está agora procurando manter o povo de Deus em um estado de inatividade, para os impedir de desempenhar sua parte na propagação da verdade, a fim de que sejam afinal pesados na balança e encontrados em falta. -- Testemunhos Seletos 1:87. SC 28 2 Os homens estão em perigo. Multidões perecem. Mas quão poucos dos seguidores professos de Cristo sentem responsabilidade por estas almas! O destino de um mundo pende na balança; mas isto mal comove mesmo aqueles que dizem crer na verdade mais abarcante já dada aos mortais. Há uma carência daquele amor que induziu Cristo a deixar Seu lar celeste e assumir a natureza humana, para que a humanidade tocasse a humanidade, e a atraísse à divindade. Há um estupor, uma paralisia sobre o povo de Deus, que o impede de compreender o dever do momento. -- Parábolas de Jesus, 303. SC 28 3 Satanás usa a sonolenta e descuidada indolência de professos cristãos para aumentar suas forças e conquistar almas. Muitos que presumem que embora não estejam trabalhando ativamente para Cristo, estão contudo a Seu lado, habilitam o inimigo a ocupar terreno e obter vantagens. Deixando de ser obreiros diligentes do Mestre, deixando deveres por cumprir e palavras por pronunciar, permitem que Satanás alcance domínio sobre as almas que podiam ser ganhas para Cristo. -- Parábolas de Jesus, 280. SC 28 4 Quando estudo as Escrituras, fico alarmada por causa do Israel de Deus nestes últimos dias. São exortados a fugir da idolatria. Receio que estejam adormecidos, e tão conformados com o mundo que seria difícil discernir entre o que serve a Deus e o que O não serve. Está aumentando a distância entre Cristo e Seu povo, e diminuindo entre eles e o mundo. Os sinais distintivos entre o professo povo de Cristo e o mundo quase que desapareceram. Como o Israel de outrora, seguem as abominações das nações que os cercam. -- Testimonies for the Church 1:277. SC 28 5 Diminuído o discernimento espiritual -- E não só no mundo vemos os resultados de a igreja negligenciar o trabalho nos moldes de Cristo. Por essa negligência introduziu-se na igreja um estado de coisas que tem eclipsado os altos e santos interesses da obra de Deus. Tem-na penetrado um espírito de crítica e amargura, e o discernimento espiritual de muitos se tem atenuado. Por este motivo a causa de Cristo tem sofrido grande perda. -- Testimonies for the Church 6:297. SC 28 6 Encho-me de tristeza quando penso em nossa condição como um povo. O Senhor não nos cerrou o Céu, mas nosso próprio procedimento de constante apostasia nos separou de Deus. O orgulho, a cobiça e o amor do mundo têm habitado no coração, sem temor de ser banidos ou condenados. Pecados graves e presunçosos têm habitado entre nós. E no entanto, a opinião geral é que a igreja está florescendo, e que paz e prosperidade espiritual se encontram em todas as suas fronteiras. A igreja deixou de seguir a Cristo, seu Guia, e está constantemente retrocedendo rumo ao Egito. Todavia, poucos ficam alarmados ou atônitos com sua falta de poder espiritual. Dúvidas e mesmo descrença dos testemunhos do Espírito de Deus estão levedando nossas igrejas por toda parte. Satanás assim o deseja. -- Testimonies for the Church 5:217. SC 29 1 Debilidade espiritual -- Sobre o povo de Deus tem brilhado luz acumulada, mas muitos têm negligenciado seguir a luz, e por esta razão se acham num estado de grande debilidade espiritual. Não é por falta de conhecimento que o povo de Deus está perecendo agora. Não hão de ser condenados por desconhecerem o caminho, a verdade e a vida. A verdade que lhes alcançou o entendimento, a luz que lhes brilhou na alma, mas que foi negligenciada e recusada, há de condená-los. Os que nunca tiveram a luz que pudessem rejeitar, não estarão sob condenação. Que mais poderia ter sido feito pela vinha do Senhor? A luz, preciosa luz, brilha sobre o povo de Deus; mas não os salvará, a menos que consintam em ser por ela salvos, vivendo plenamente à sua altura, e transmitindo-a a outros que se acham em trevas. -- Testimonies for the Church 2:123. SC 29 2 A necessidade do colírio celestial -- As igrejas necessitam ungir os olhos com o colírio celeste, a fim de que possam ver as muitas oportunidades de servir a Deus que se acham ao seu alcance. Repetidas vezes Deus ordenou a Seu povo que fossem pelos caminhos e valados, e forçassem os homens a entrar, para que Sua casa se encha; todavia mesmo junto às nossas portas existem famílias nas quais não mostramos bastante interesse para levá-las a pensar que nos preocupamos com a salvação delas. É para empreender essa obra mais próxima de nós, que o Senhor convida agora Sua igreja. Não nos devemos levantar, e dizer: "Quem é o meu próximo?" Lucas 10:29. Precisamos não esquecer que nosso próximo é aquele que necessita de nossa simpatia e auxílio. Nosso próximo é toda alma ferida e quebrantada pelo adversário. Nosso próximo é todo aquele que pertence a Deus. Em Cristo se desvanecem as distinções feitas pelos judeus quanto a quem era seu próximo. Não existem linhas divisórias, nem distinções convencionais, nem castas, nem aristocracias. -- Testimonies for the Church 6:294. SC 29 3 Fanatismo e frio formalismo -- Satanás está agora operando com todo o seu poder insinuante e enganador, a fim de desviar os homens da obra da mensagem do terceiro anjo, a qual deve ser proclamada com grande poder. Quando o inimigo vir que o Senhor está abençoando Seu povo, e preparando-os para discernirem os seus enganos, ele operará com seu magistral poder para introduzir fanatismo por um lado, e por outro frio formalismo, a fim de que consiga colher uma messe de almas. Agora é a ocasião para vigiarmos incessantemente. Estai atentos ao primeiro passo de avanço que Satanás possa dar entre nós. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1893. SC 30 1 Há icebergs morais em nossas igrejas. Há numerosos formalistas, capazes de fazer uma ostentação imponente, mas não são capazes de brilhar como luzes no mundo. -- The Review and Herald, 24 de Março de 1891. SC 30 2 Amesquinhados pelo egoísmo -- A razão por que o povo de Deus não é mais espiritual, e não possui maior fé, foi-me mostrada, é acharem-se amesquinhados pelo egoísmo. [...] Não é a abundância de vossas reuniões, o que Deus aceita. Não são as orações numerosas, mas o fazer bem, fazer a coisa devida e a devido tempo. -- Testimonies for the Church 2:36. SC 30 3 Cobiça -- Contudo, alguns se recusavam a converter-se. Não estavam dispostos a andar nos caminhos de Deus, e quando, para poder avançar a obra divina, eram feitos pedidos de ofertas voluntárias, alguns se apegavam egoistamente às suas posses terrestres. Esses ambiciosos foram separados do grupo de crentes. -- Testemunhos Seletos 3:345. SC 30 4 Nem um entre vinte -- É uma solene declaração que faço à igreja, de que nem um entre vinte dos nomes que se acham registrados nos livros da igreja, está preparado para finalizar sua história terrestre, e achar-se-ia tão verdadeiramente sem Deus e sem esperança no mundo, como o pecador comum. Professam servir a Deus, mas estão servindo mais fervorosamente a Mamom. Esta obra feita pela metade é um constante negar a Cristo, de preferência a confessá-Lo. São tantos os que introduziram na igreja seu espírito não subjugado, inculto! Seu gosto espiritual é pervertido por suas degradantes corrupções imorais, simbolizando o mundo no espírito, no coração, nos propósitos, confirmando-se em práticas concupiscentes, e são inteiramente cheios de enganos em sua professa vida cristã. Vivendo como pecadores e alegando ser cristãos! Os que pretendem ser cristãos e querem confessar a Cristo devem sair dentre eles e não tocar nada imundo, e separar-se. [...] SC 30 5 Deponho minha pena e ergo a alma em oração, para que o Senhor sopre sobre Seu povo relapso, que são quais ossos secos, a fim de que vivam. O fim está próximo, chegando-nos tão furtivamente, tão imperceptivelmente, tão silenciosamente, como os abafados passos do ladrão à noite, a fim de surpreender desprevenidos os dormentes, sem o devido preparo. Conceda o Senhor que Seu Santo Espírito sobrevenha aos corações que se encontram agora à vontade, para que não continuem por mais tempo dormindo como os outros, mas vigiem e sejam sóbrios. -- The General Conference Bulletin, 132, 133 (1893). SC 30 6 Reavivamento e reforma -- Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e essa preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo viver em conformidade com os seus preceitos. [...] Deus pede um reavivamento e uma reforma. -- Profetas e Reis, 626. SC 31 1 A maior e mais urgente de todas as nossas necessidades é um reavivamento da verdadeira piedade entre nós. Buscá-lo deve ser nosso primeiro trabalho. -- The Review and Herald, 22 de Março de 1887. SC 31 2 É chegado o tempo para realizar uma reforma completa. Quando essa reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de discórdia e luta. -- Testemunhos Seletos 3:254. SC 31 3 Tem que ocorrer um reavivamento e reforma, sob o ministério do Espírito Santo. Reavivamento e reforma são duas coisas diferentes. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, uma vivificação das faculdades do espírito e do coração, um ressurgimento da morte espiritual. Reforma significa reorganização, mudança de idéias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não produzirá os bons frutos da justiça a menos que esteja ligada a um reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem fazer a obra que lhes é designada, e para fazerem essa obra têm de se unir. -- The Review and Herald, 25 de Fevereiro de 1902. SC 31 4 Não reclamam as Escrituras uma obra mais pura e santa do que a que temos visto até agora? [...] Deus requer daqueles que estão prontos a se deixarem reger pelo Espírito Santo, que dêem início a uma obra de inteira reforma. Vejo perante nós uma crise, e Deus requer que Seus obreiros estejam em seus postos. Cada alma deve manter hoje uma posição de mais profunda e real consagração a Deus que nos anos passados. [...] Fiquei profundamente impressionada com as cenas que ultimamente passaram perante mim nas visões da noite. Parecia estar-se operando um grande movimento -- uma obra de reavivamento -- em muitos lugares. Nosso povo acorria a seus postos, atendendo ao chamado de Deus. -- The General Conference Bulletin, 19 de Maio de 1913, p. 34. SC 31 5 Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. [...] Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. -- Testemunhos Seletos 3:345. SC 31 6 Há entre o povo de Deus grande necessidade de reforma. O atual estado da igreja nos leva à pergunta: É isto uma fiel representação dAquele que deu a vida por nós? -- Testemunhos Seletos 1:401. SC 31 7 Quando a ignomínia da indolência e preguiça tiver sido afastada da igreja, o Espírito do Senhor Se manifestará graciosamente. Revelar-se-á o poder divino. A igreja verá a providencial operação do Senhor dos Exércitos. A luz da verdade brilhará em raios claros, fortes, e, como no tempo dos apóstolos, muitas almas volverão do erro para a verdade. A Terra será iluminada com a glória do Senhor. -- Testemunhos Seletos 3:308. SC 32 1 Demora fatal -- Foi-me mostrado o povo de Deus esperando que ocorresse alguma mudança -- que um compulsivo poder deles se apoderasse. Mas ficarão decepcionados, pois estão em erro. Precisam agir; precisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e clamar fervorosamente a Deus por um genuíno conhecimento de si próprios. As cenas que estão passando diante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos despertar, levando insistentemente a verdade ao coração de todos os que quiserem escutar. A seara da Terra está quase madura. -- Testemunhos Seletos 1:88. SC 32 2 Por outro lado, há alguns que em vez de aproveitar sabiamente as oportunidades presentes, estão indolentemente esperando por alguma ocasião especial de refrigério espiritual, pelo qual suas habilidades para iluminar outros sejam grandemente aumentadas. Eles negligenciam os deveres e privilégios do presente e deixam que sua luz se apague, enquanto esperam um tempo em que, sem nenhum esforço de sua parte, sejam feitos os recipientes de bênçãos especiais, pelas quais sejam transformados e tornados aptos para o serviço. -- Atos dos Apóstolos, 54. SC 32 3 Não produtores, mas consumidores -- Os pretensos seguidores de Cristo estão em prova diante de todo o universo celeste; mas a sua frieza de zelo e fragilidade dos esforços no serviço de Deus, os identifica com os infiéis. Se o que fazem fosse o melhor que poderiam haver feito, sobre eles não pairaria condenação. Mas se seu coração estivesse dedicado à obra, poderiam fazer muito mais. Sabem, e o mundo também, que em alto grau perderam o espírito de abnegação e de carregar a cruz. Junto ao nome de muitos será escrito, nos livros do Céu: Não produtores, porém consumidores. Por muitos que levam o nome de Cristo, é obscurecida Sua glória, Sua beleza toldada, retida Sua honra. Muitos há, cujos nomes estão nos livros da igreja, mas não sob o governo de Cristo. Não Lhe ouvem as instruções, nem fazem Sua obra. Por isto estão sob o domínio do inimigo. Não fazem positivamente bem, por isto produzem dano incalculável. Por sua influência não ser cheiro de vida para vida, é cheiro de morte para morte. -- Parábolas de Jesus, 303, 304. SC 32 4 Capa para o pecado -- O mesmo perigo existe hoje entre o povo que professa ser depositário da lei de Deus. São demasiado prontos em lisonjear-se com o pensamento de que a consideração que têm pelos mandamentos, os preserve do poder da justiça divina. Não aceitam a reprovação do mal, e acusam os servos de Deus de serem por demais zelosos em afastar do acampamento o pecado. Um Deus que aborrece o pecado concita os que professam guardar Sua lei, a afastar-se de toda iniqüidade. A negligência em arrepender-se e obedecer a Sua Palavra, trará hoje tão sérias conseqüências para o povo de Deus como fez o mesmo pecado em relação ao Israel antigo. Há um limite para além do qual Ele não retardará por mais tempo os Seus juízos. -- Testimonies for the Church 4:166, 167. SC 33 1 Mortos em ofensas -- Muitíssimos dos que hoje compõem nossas congregações estão mortos em ofensas e pecados. Vão e vêm como a porta sobre seus gonzos. Durante anos escutaram complacentemente as verdades mais solenes e comovedoras da alma, mas não as puseram em prática. Portanto, são cada vez mais insensíveis à preciosidade da verdade. [...] Conquanto professem piedade, negam-lhe o poder. Se continuarem nesse estado, Deus os repudiará. Estão-se incapacitando para serem membros de Sua família. -- Testemunhos Seletos 3:60. SC 33 2 Moralistas humanos -- Muitos que se chamam cristãos são meros moralistas humanos. Recusaram a dádiva que, somente, podia habilitá-los para honrar a Cristo com representá-Lo ao mundo. A obra do Espírito Santo lhes é estranha. Não são praticantes da Palavra. Os princípios celestes que distinguem os que são um com Cristo dos que se unem ao mundo, tornaram-se quase indistintos. Os professos seguidores de Cristo não são mais um povo separado e peculiar. A linha de demarcação é imperceptível. O povo está-se subordinando ao mundo, às suas práticas, costumes e egoísmos. A igreja passou para o mundo, transgredindo a lei, quando o mundo devia passar para a igreja na obediência da mesma. Diariamente a igreja se está convertendo ao mundo. -- Parábolas de Jesus, 315, 316. SC 33 3 Registro manchado -- Muitos têm aparência de piedade, seus nomes estão nos registros da igreja, mas têm um registro manchado no Céu. O anjo relator escreveu fielmente suas ações. Cada ato egoísta, toda palavra inconveniente, todo dever não cumprido, e todo pecado secreto, com toda engenhosa dissimulação, são fielmente anotados no livro de registro mantido pelo anjo relator. -- Testimonies for the Church 2:442. SC 33 4 Os líderes estão-se esgotando -- Por alguns não assumirem as responsabilidades que devem assumir, ou não fazerem o trabalho que poderiam efetuar, a obra é demasiado grande para os poucos que nela se empenham. Vêem tanto por fazer, que sobrecarregam as forças, e estão-se esgotando rapidamente. -- Testimonies for the Church 2:645. SC 33 5 Incapazes de justificar sua fé -- Muitos que professam crer na verdade para estes últimos dias, serão achados em falta. Negligenciaram questões de mais peso. Sua conversão é superficial, não profunda, fervorosa e cabal. Não sabem por que crêem na verdade, crêem unicamente porque outros nela têm crido, e assim dão por certo ser ela a verdade. Não sabem dar razão inteligente de sua crença. [...] SC 34 1 Os outros não são iluminados ou edificados por sua experiência, nem pelo conhecimento que tiveram o privilégio e dever de obter. A força e estabilidade estão com os professos sinceros. -- Testimonies for the Church 2:634. SC 34 2 Alguns acompanharão as profecias -- Deus tem sobre a Terra um povo que, com fé e santa esperança, está acompanhando o rolo da profecia a cumprir-se rapidamente, e buscando purificar a alma na obediência à verdade, a fim de que não sejam encontrados sem as vestes nupciais quando Cristo aparecer. -- Testemunhos Seletos 1:504. SC 34 3 Sonho impressionante -- Num sonho que me foi dado em 29/9/1886, eu andava com um grande grupo que estava à procura de amoras silvestres. Havia muitos homens e mulheres jovens nesse grupo, os quais deviam ajudar a apanhar as frutas. Parecia como se estivéssemos numa cidade, pois havia muito pouco espaço vazio; mas, ao redor da cidade, havia campos, belos arvoredos e pomares cultivados. Ia adiante um grande carro carregado de provisões para nós. SC 34 4 Em breve o carro parou, o grupo dispersou-se em todas as direções à procura de frutas. Tudo em torno do carro eram arbustos, altos e baixos, apresentando belas e preciosas frutas; mas o grupo dirigia as vistas para muito longe, em procura delas. Pus-me a apanhar as frutas ali por perto, mas com muito cuidado, com receio de tirar também as verdes, que se achavam tão misturadas com as maduras, que eu só podia colher uma ou duas em cada cacho. SC 34 5 Algumas das maiores frutas tinham caído, e estavam meio comidas pelos bichos e insetos. "Oh!", pensei, "se este campo houvesse sido penetrado antes, toda essa preciosa fruta poderia ter sido salva! Mas é demasiado tarde agora. Entretanto, apanharei estas do chão, e verei se há algumas boas entre elas. Mesmo que toda a fruta esteja estragada, posso pelo menos mostrar aos irmãos o que eles poderiam ter encontrado, se não se houvessem atrasado tanto." SC 34 6 Nesse momento dois ou três grupos vieram caminhando para o lugar em que me achava. Estavam gracejando, e pareciam muito ocupados com a companhia uns dos outros. Ao ver-me, disseram: "Temos procurado por toda parte, e não pudemos encontrar frutas." Olharam com espanto para a quantidade que eu tinha. Eu disse: "Há mais ainda para serem apanhadas nesses arbustos." Começaram a colhê-las, mas logo pararam, dizendo: "Não é justo que apanhemos aqui; a senhora encontrou este lugar e a fruta é sua." Repliquei, porém: "Isso não importa. Apanhem onde encontrarem alguma. Este é o campo de Deus, e estas são Suas frutas; tendes o privilégio de apanhá-las." SC 35 1 Mas dentro em pouco pareceu-me estar novamente só. De quando em quando ouvia conversas e risos no carro. Perguntei aos que aí se achavam: "Que estão fazendo?" Responderam: "Não pudemos encontrar nada, e como estivéssemos cansados e com fome, pensamos em vir para o carro e fazer um lanche. Depois de havermos descansado um pouco, haveremos de sair outra vez." SC 35 2 "Mas", disse eu, "vocês não trouxeram ainda nada. Estão comendo todas as nossas provisões, sem nos dar nada. Não posso comer agora; há muita fruta para apanhar. Vocês não a encontraram porque não procuraram atentamente. Não está do lado de fora dos arbustos; é preciso procurá-la. Na verdade não a poderão apanhar a mãos cheias; olhando, porém, com cuidado entre as verdes, hão de encontrar frutas excelentes." SC 35 3 Dentro em pouco meu baldezinho estava cheio delas, e levei-as para o carro. Eu disse: "Esta é a melhor fruta que já apanhei, e colhi-a aqui, por perto, ao passo que vocês se fatigaram procurando-a inutilmente a distância." SC 35 4 Então todos vieram ver minhas frutas. Disseram: "Estas são frutas de arbustos altos, durinhas e boas. Não pensávamos que se pudesse achar alguma coisa nos arbustos altos, de maneira que procuramos nos pés baixos apenas, e só encontramos algumas delas." SC 35 5 Então eu disse: "Guardarão estas frutas e depois irão comigo procurar mais nos arbustos altos?" Mas eles não se tinham preparado para acondicionar as frutas. Havia pratos e sacos em abundância, mas haviam sido usados para guardar comida. Fiquei cansada de esperar, e afinal indaguei: "Não vieram apanhar frutas? Então como não estão preparados para acondicioná-las?" SC 35 6 Um respondeu: "Irmã White, não esperávamos realmente encontrar frutas num lugar onde havia tantas casas, e tantas pessoas passando; mas como a senhora parecia tão ansiosa de as colher, decidimos vir junto. Pensamos em trazer bastante para comer, e aproveitar a recreação, caso não as apanhássemos." SC 35 7 Respondi: "Não posso compreender essa espécie de trabalho. Voltarei para os arbustos imediatamente. O dia já vai adiantado, em breve a noite chegará, quando não poderemos apanhar nenhuma fruta." Alguns foram comigo, mas outros permaneceram próximo do carro, para comer. SC 35 8 Num lugar reunira-se um pequeno grupo, e ocupava-se em falar acerca de alguma coisa na qual pareciam muito interessados. Aproximei-me, e vi que uma criancinha que se achava nos braços de uma mulher, havia-lhes atraído a atenção. Eu disse: "Vocês não têm senão pouco tempo, e fariam melhor em trabalhar enquanto podem." SC 35 9 A atenção de muitos foi atraída por um casal de jovens que estava apostando corrida para o carro. Aí chegando, estavam tão cansados, que tiveram de sentar-se e descansar. Outros se haviam atirado também à relva em busca de repouso. SC 36 1 Assim passou o dia, e bem pouco se havia feito. Afinal eu disse: "Irmãos, vocês chamam a isso uma expedição mal-sucedida. Se essa é a maneira por que trabalham, não admiro sua falta de êxito. Seu sucesso ou fracasso, depende da maneira em que lançam mão da obra. Há frutas aqui; pois eu as encontrei. Alguns de vocês andaram procurando nos pés baixos, em vão; outros encontraram algumas; mas os arbustos grandes foram passados por alto, simplesmente porque não esperavam achar frutas aí. Vêem que as frutas que eu apanhei são grandes e maduras. Dentro em pouco outras amadurecerão, e podemos tornar a percorrer esses arbustos. Foi essa a maneira em que fui ensinada a apanhar frutas. Se vocês houvessem procurado perto do carro, teriam encontrado da mesma maneira que eu. SC 36 2 "A lição que vocês deram hoje aos que estão aprendendo a fazer essa espécie de serviço, será seguida por eles. O Senhor tem colocado esses arbustos frutíferos mesmo no meio desses lugares densamente povoados, e espera que os encontrem. Mas vocês têm estado todos muito ocupados em comer e divertir-se. Não vieram ao campo com sincera decisão de encontrar frutas. SC 36 3 "Devem, daqui em diante, trabalhar com mais zelo e fervor, e com um objetivo inteiramente diverso, ou seus trabalhos nunca serão bem-sucedidos. Trabalhando na devida maneira, ensinarão aos obreiros mais jovens que coisas como comer e divertir-se são de menor importância. Foi difícil trazer o carro de provisões para o terreno, mas vocês pensaram mais nelas, do que nas frutas que deviam levar para casa em resultado de seus labores. Devem ser diligentes, primeiro para apanhar as frutas que estão mais próximas de vocês, e depois procurar as que se encontram mais afastadas; em seguida poderão voltar e trabalhar perto outra vez, e assim serão bem-sucedidos". -- Obreiros Evangélicos, 136-139. SC 36 4 A prova a ser enfrentada -- Na última, solene obra, poucos grandes homens se empenharão. São presumidos, independentes de Deus, e Ele não os pode usar. O Senhor tem servos fiéis, que se hão de revelar no tempo de sacudidura e prova. Há elementos preciosos, hoje ocultos, que não prostraram o joelho a Baal. Não tiveram a luz que tem estado a brilhar sobre vós, em chama concentrada. Mas pode sob um rude e não convidativo exterior revelar-se o puro brilho de um genuíno caráter cristão. Durante o dia olhamos para o céu mas não vemos estrelas. Ali se acham, fixas no firmamento, mas os olhos não as distinguem. À noite lhes contemplamos o genuíno brilho. SC 36 5 Não vem distante o tempo em que toda alma terá de ser provada. [...] Por esse tempo o ouro será separado da escória, na igreja. A verdadeira piedade distinguir-se-á então claramente daquela que consiste na aparência. Muitas estrelas cujo brilho temos admirado, então se apagarão transformando-se em trevas. A palha, como nuvem, será levada pelo vento, mesmo de lugares onde só vemos ricos campos de trigo. Todos os que se apoderam dos ornamentos do santuário, mas não se acham vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão na vergonha de sua nudez. -- Testimonies for the Church 5:80, 81. ------------------------Capítulo 4 -- Condições mundiais que defrontam o obreiro cristão SC 37 1 O drama mundial -- O mundo é um teatro; os atores, seus habitantes, estão-se preparando para desempenhar sua parte no último grande drama. Com as grandes massas da humanidade não há unidade, exceto quando os homens se confederam para realizar seus propósitos egoístas. Deus os contempla. Seus desígnios quanto a Seus rebeldes súditos se cumprirão. O mundo não foi entregue às mãos dos homens, embora Deus permita que os elementos de confusão e desordem dominem por algum tempo. Um poder de baixo está operando a fim de promover as últimas grandes cenas do drama: Satanás vindo como Cristo, e operando com todo o engano da injustiça nos que se unem em sociedades secretas. Os que cedem à paixão de confederarem-se estão executando os planos do inimigo. À causa seguir-se-á o efeito. -- Testimonies for the Church 8:27, 28. SC 37 2 O último ato do drama -- A tempo algum esta mensagem se aplicou com maior força do que ao de hoje. Mais e mais o mundo despreza as reivindicações divinas. Os homens têm-se tornado ousados na transgressão. A maldade dos habitantes do mundo já quase encheu a medida da sua iniqüidade. Esta Terra já quase chegou ao ponto em que Deus há de permitir ao destruidor operar com ela segundo sua vontade. A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o último ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade, e a Terra descobrirá seu sangue, e não mais esconderá seus mortos. -- Testemunhos Seletos 3:142, 143. SC 37 3 A crise dos séculos -- Estamos no limiar da crise dos séculos. Em rápida sucessão os juízos de Deus se seguirão uns aos outros -- fogo, inundações e terremotos, com guerras e derramamento de sangue. Nós não devemos ser surpreendidos neste tempo por eventos ao mesmo tempo grandes e decisivos; pois o anjo de misericórdia não pode ficar muito tempo mais a proteger o impenitente. -- Profetas e Reis, 278. SC 38 1 A crise aproxima-se furtivamente de nós. O Sol brilha no céu, fazendo seu giro habitual, e os céus declaram ainda a glória de Deus. Os homens ainda comem e bebem, plantam e constroem, casam e dão-se em casamento. Os comerciantes ainda compram e vendem. Os homens lutam uns contra os outros, contendendo pelas posições mais altas. Os amantes de prazeres enchem ainda os teatros, as corridas de cavalos, os antros de jogo. Prevalece a mais alta excitação, e no entanto está a terminar rapidamente a hora da graça, e todos os casos estão para ser eternamente decididos. Satanás vê que seu tempo é curto. Ele pôs em ação todas as suas instrumentalidades, para que os homens sejam enganados, iludidos, ocupados e embevecidos até ao dia da terminação da graça, quando a porta da misericórdia se fechará para sempre. -- The Southern Work, 3 de Outubro de 1905. SC 38 2 A transgressão já atingiu quase seus limites. O mundo está cheio de confusão, e em breve apoderar-se-á das criaturas humanas um grande terror. O fim está muito próximo. Nós, que conhecemos a verdade, nos devemos estar preparando para o que está prestes a rebentar sobre o mundo numa esmagadora surpresa. -- Testimonies for the Church 5:28. SC 38 3 Neste tempo, em que prevalece a iniqüidade, podemos saber que a grande e última crise está à porta. Quando o desafio da lei de Deus for quase universal, quando o Seu povo for oprimido e atormentado por seus semelhantes, o Senhor intervirá. -- Parábolas de Jesus, 178. SC 38 4 Estamos na iminência de importantes e solenes acontecimentos. Cumprem-se as profecias. Uma estranha e acidentada história está sendo registrada nos livros do Céu. Tudo em nosso mundo se mostra em estado de agitação. Há guerras e rumores de guerras. As nações estão iradas, e é chegado o tempo dos mortos para serem julgados. Os acontecimentos se sucedem, alternando-se e apressando o dia de Deus, que está muito próximo. Só nos resta, por assim dizer, um pequeno instante. Mas conquanto nação se esteja levantando contra nação e reino contra reino, não se desencadeou ainda um conflito geral. Os quatro ventos sobre os quatro cantos da Terra ainda estão sendo retidos até que os servos de Deus estejam assinalados na testa. Então as potências do mundo hão de mobilizar suas forças para a última grande batalha. -- Testemunhos Seletos 2:369. SC 38 5 Está sendo retirado o Espírito de Deus -- O refreador Espírito de Deus está mesmo agora sendo retirado do mundo. Furacões, tormentas, tempestades, incêndios e inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida seqüência. A ciência busca explicação para tudo isso. Os sinais que em torno de nós se avolumam, prenunciando a próxima manifestação do Filho de Deus, são atribuídos a outra causa que não a verdadeira. Os homens não discernem as sentinelas angélicas que retêm os quatro ventos para que não soprem sem que os filhos de Deus estejam selados; mas quando Deus mandar que Seus anjos soltem os ventos, haverá uma cena tal de luta que pena nenhuma pode descrever. -- Testemunhos Seletos 3:14, 15. SC 39 1 Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. -- Testemunhos Seletos 3:280. SC 39 2 É chegado o tempo em que haverá no mundo tristeza que nenhum bálsamo humano pode curar. O Espírito de Deus está sendo retirado. Catástrofes por mar e por terra seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Quão freqüentemente ouvimos de terremotos e furacões, de destruição pelo fogo e inundações, com grandes perdas de vidas e propriedades! Aparentemente essas calamidades são caprichosos desencadeamentos de forças da Natureza, desorganizadas e desgovernadas, inteiramente fora do controle do homem; mas em todas elas pode ler-se o propósito de Deus. Elas estão entre os instrumentos pelos quais Ele busca despertar a homens e mulheres para que sintam o perigo. -- Profetas e Reis, 277. SC 39 3 O mundo é um foco de pestilências -- Os homens, em sua cegueira espiritual, se jactam de grandes progressos e conhecimentos; mas os vigias celestiais vêem a Terra cheia de corrupção e violência. Por causa do pecado, a atmosfera do mundo se tornou como o ambiente de um foco de pestilências. -- Testemunhos Seletos 2:365. SC 39 4 Epidemia de crimes -- Vivemos em meio de uma epidemia de crime, diante da qual ficam estupefatos os homens pensantes e tementes a Deus em toda parte. A corrupção que predomina está além da descrição da pena humana. Cada dia traz novas revelações de conflitos políticos, de subornos e fraudes. Cada dia traz seu doloroso registro de violência e ilegalidade, de indiferença aos sofrimentos do próximo, de brutal e diabólica destruição de vidas humanas. Cada dia testifica do aumento da loucura, do assassínio, do suicídio. Quem pode duvidar que instrumentos satânicos se achem em operação entre os homens, numa atividade crescente, para perturbar e corromper a mente, contaminar e destruir o corpo? -- A Ciência do Bom Viver, 142, 143. SC 39 5 O espírito de anarquia está invadindo todas as nações, e as explosões sociais que de tempos em tempos provocam horror ao mundo não são senão indicações dos fogos contidos das paixões e ilegalidades, os quais, havendo escapado à sujeição, encherão a Terra com miséria e ruína. O quadro que a Inspiração nos deu do mundo antediluviano representa mui verdadeiramente a condição a que rapidamente a sociedade moderna caminha. Mesmo agora, no século presente, e nos países que se professam cristãos, há crimes perpetrados diariamente, tão negros e terríveis como aqueles pelos quais os pecadores do velho mundo foram destruídos. Antes do dilúvio, Deus enviou Noé para advertir o mundo, a fim de que o povo pudesse ser levado ao arrependimento, e assim escapar da destruição ameaçada. Ao aproximar-se o tempo do segundo aparecimento de Cristo, o Senhor envia Seus servos com uma advertência ao mundo para que este se prepare para aquele grande acontecimento. Multidões têm estado a viver em transgressão à lei de Deus, e agora Ele, misericordiosamente, os chama para obedecerem aos Seus sagrados preceitos. A todos os que abandonarem seus pecados pelo arrependimento para com Deus e fé em Cristo, se oferece o perdão. -- Patriarcas e Profetas, 102. SC 40 1 As condições do mundo mostram que estão iminentes tempos angustiosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrência freqüente. As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassínios. Homens possuídos de demônios tiram a vida a homens, mulheres e crianças. Os homens têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie de mal. -- Testemunhos Seletos 3:280. SC 40 2 Ação do arquienganador -- Neste tempo, quando o fim de todas as coisas terrestres está-se aproximando rapidamente, Satanás faz desesperados esforços para enredar o mundo. Está arquitetando muitos planos para ocupar as mentes e distrair a atenção das verdades essenciais à salvação. Em cada cidade seus agentes estão ativamente organizando em partidos a todos os que se opõem à lei de Deus. O arquienganador está em atividade para introduzir elementos de confusão e rebelião, e os homens estão sendo possuídos de ardente zelo que não está de acordo com o entendimento. -- Atos dos Apóstolos, 219, 220. SC 40 3 Satanás é diligente estudante da Bíblia. Sabe que seu tempo é curto e procura em todos os pontos opor-se à obra do Senhor na Terra. -- Testemunhos Seletos 3:284. SC 40 4 Satanás está agora procurando manter o povo de Deus em um estado de inatividade, para os impedir de desempenhar sua parte na propagação da verdade, a fim de que sejam afinal pesados na balança e encontrados em falta. -- Testemunhos Seletos 1:87. SC 40 5 O mundo agitado pelo espírito de guerra -- O mundo está agitado pelo espírito de guerra. A profecia do capítulo onze de Daniel atingiu quase o seu cumprimento completo. Logo se darão as cenas de perturbação das quais falam as profecias. -- Testemunhos Seletos 3:283. SC 41 1 Foram-me mostrados os habitantes da Terra na maior confusão. Guerra, derramamento de sangue, privações, necessidades, fomes e pestilências estavam por toda parte. [...] Minha atenção foi então desviada da cena. Parecia haver um pequeno tempo de paz. Mais uma vez os habitantes da Terra me foram apresentados; e novamente tudo se achava na maior confusão. Lutas, guerras e derramamento de sangue juntamente com fome e peste imperavam por toda parte. Outras nações se achavam empenhadas nesta luta e confusão. A guerra ocasionou a fome. A miséria e o derramamento de sangue deram lugar à pestilência. E então o coração dos homens desmaiou de terror, "na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo". Lucas 21:26. -- Testimonies for the Church 1:268. SC 41 2 Trevas espirituais -- Este é tempo de trevas espirituais nas igrejas do mundo. A ignorância das coisas divinas encobriu da vista dos homens, a Deus e a verdade. As forças do mal estão ganhando força. Satanás promete aos seus coobreiros fazer um trabalho que cativará o mundo. Ao passo que a atividade da igreja é apenas parcial, Satanás e suas legiões exercem atividade intensa. As professas igrejas cristãs não estão convertendo o mundo; pois elas próprias estão corrompidas de egoísmo e orgulho, e necessitadas de experimentarem em seu seio o poder regenerador de Deus, antes de poderem guiar outros a uma norma mais pura e elevada. -- Testemunhos Seletos 3:315. SC 41 3 Em nosso tempo, como na antigüidade, as verdades vitais da Palavra de Deus são substituídas por teorias e especulações humanas. Muitos professos ministros do Evangelho não aceitam toda a Bíblia como a Palavra inspirada. Um sábio rejeita esta parte, outro duvida daquela. Elevam sua opinião acima da Palavra; e as Escrituras que eles ensinam, repousam sobre a autoridade deles próprios. Sua autenticidade divina é destruída. Deste modo é semeada largamente a semente da incredulidade; porque o povo é confundido e não sabe no que crer. Há muitas crenças que a mente não tem o direito de entreter. -- Parábolas de Jesus, 39. SC 41 4 A impiedade está alcançando um nível nunca dantes atingido; contudo, muitos pastores estão clamando: "Paz e segurança". 1 Timóteo 5:3. Mas os fiéis mensageiros de Deus devem prosseguir firmemente com sua obra. Revestidos com a armadura do Céu, devem avançar destemida e vitoriosamente, jamais cessando de lutar até que cada alma a seu alcance tenha recebido a mensagem da verdade para este tempo. -- Atos dos Apóstolos, 220. SC 41 5 Há motivo para alarmar-nos com a condição do mundo religioso hoje. Tem-se tido em pouca conta a misericórdia de Deus. A multidão anula a lei de Jeová, "ensinando doutrinas que são preceitos de homens". Mateus 15:9. A incredulidade prevalece em muitas das igrejas de nosso país; não a incredulidade em seu sentido mais amplo, como franca negação da Bíblia, mas uma incredulidade vestida com o traje do cristianismo, ao mesmo tempo em que se acha a solapar a fé na Bíblia como revelação de Deus. A devoção fervorosa e a piedade vital deram lugar ao formalismo oco. Como conseqüência prevalecem a apostasia e o sensualismo. Cristo declarou: "Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: [...] assim será no dia em que o Filho do homem Se há de manifestar". Lucas 17:28-30. O registro diário dos acontecimentos que se passam, testifica do cumprimento de Suas palavras. O mundo rapidamente está a amadurecer para a destruição. Logo deverão derramar-se os juízos de Deus e pecado e pecadores serão consumidos. -- Patriarcas e Profetas, 166. SC 42 1 Separação entre joio e trigo -- O tempo dos destruidores juízos divinos é o tempo de graça para os que não tiveram a oportunidade de conhecer a verdade. O Senhor para eles olhará com amor. Comove-se-lhe o coração compassivo; Seu braço está ainda estendido para salvar, ao passo que a porta já se fecha para os que não quiseram entrar. -- Testemunhos Seletos 3:333. SC 42 2 Logo será travada a violenta luta entre os que servem a Deus e os que O não servem. Logo tudo que pode ser abalado sê-lo-á, para que permaneçam as coisas que não podem ser abaladas. -- Testemunhos Seletos 3:284. SC 42 3 No tempo da angústia e perplexidade das nações, haverá muitos que não se entregaram inteiramente às influências corruptoras do mundo e ao serviço de Satanás, os quais se humilharão perante Deus, e a Ele se volverão de todo o coração, e serão aceitos e perdoados. -- Testimonies for the Church 1:269. SC 42 4 Muitos há que estão lendo as Escrituras sem compreender-lhes o verdadeiro significado. Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o Céu. De pessoas anelantes de luz, de graça, do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos. -- Atos dos Apóstolos, 109. SC 42 5 Lições da experiência de Elias -- Da experiência de Elias durante esses dias de desânimo e aparente derrota muitas lições podem ser tiradas -- lições de inapreciável valor para os servos de Deus neste século caracterizado pelo geral abandono do direito. A apostasia predominante hoje é similar à que predominou em Israel nos dias do profeta. Na exaltação do humano sobre o divino, no louvor aos líderes populares, no culto a Mamom, e na exaltação dos ensinos da ciência sobre as verdades da Revelação, multidões hoje estão seguindo a Baal. Dúvida e incredulidade estão exercendo sua má influência sobre a mente e o coração, e muitos estão substituindo pelas teorias dos homens a Palavra de Deus. Publicamente se ensina que temos chegado a um tempo em que a razão humana deve ser exaltada sobre os ensinos da Palavra. A lei de Deus, a divina norma do direito, é declarada ser de nenhum efeito. O inimigo de toda a verdade está operando com enganoso poder para levar homens e mulheres a colocar instituições humanas onde Deus deve estar, e a esquecer aquilo que fora ordenado para a felicidade e salvação da humanidade. SC 43 1 Contudo, esta apostasia, apesar do vulto que tem assumido, não é universal. Nem todos no mundo são licenciosos e corruptos; nem todos tomaram posição com o inimigo. Deus tem muitos milhares cujos joelhos não se dobraram a Baal, muitos tardos em compreender mais plenamente o que se refere a Cristo e à lei, muitos que estão esperando, malgrado as perspectivas, que Jesus venha logo para pôr fim ao reinado do pecado e da morte. E há muitos que têm estado adorando a Baal ignorantemente, mas com quem o Espírito de Deus está ainda lutando. -- Profetas e Reis, 170, 171. ------------------------Capítulo 5 -- A igreja como centro de preparo SC 44 1 A necessidade do momento -- O que agora se necessita para a edificação de nossas igrejas é do aprazível trabalho de obreiros sábios para discernir e desenvolver talentos na igreja -- talentos que possam ser preparados para o uso do Mestre. Devia existir um plano bem organizado para o emprego de obreiros que fossem a todas as nossas igrejas, grandes ou pequenas, para instruir os membros como trabalhar para a edificação da igreja, e também a favor dos incrédulos. Instrução e educação é que são necessárias. Os que estão empenhados em visitar as igrejas, devem ensinar aos irmãos e às irmãs os métodos práticos de fazer trabalho missionário. -- Testimonies for the Church 9:117. SC 44 2 Deus espera que Sua igreja discipline e prepare seus membros para a obra de iluminar o mundo. Deve prover-se instrução que leve centenas de pessoas a entregarem aos banqueiros os seus valiosos talentos. Pelo uso desses talentos, revelar-se-ão homens que estarão capacitados para ocupar posições de confiança e influência, e manter princípios puros e incontaminados. Far-se-á assim muito bem para o Mestre. -- Testemunhos Seletos 3:65. SC 44 3 Cada obreiro deve ser conscienciosamente eficiente. Então, em sentido elevado e amplo, pode ele apresentar a verdade tal qual é em Jesus. -- Testemunhos Seletos 3:110. SC 44 4 Não deve haver demora neste bem planejado esforço por educar os membros da igreja. -- Testimonies for the Church 9:119. SC 44 5 O maior auxílio que se pode prestar a nosso povo, é ensiná-lo a trabalhar para Deus e a nEle confiar, e não nos pastores. -- Testemunhos Seletos 3:82. SC 44 6 É evidente que todos os sermões pregados não produziram grande colheita de obreiros abnegados. Deve considerar-se que este assunto envolve os mais graves resultados. Está em jogo o nosso destino eterno. As igrejas estão definhando porque os seus talentos não foram empregados para difundir a luz. Devem ser dadas instruções cuidadosas que serão como lições do Mestre, para que todos utilizem a sua luz. -- Testemunhos Seletos 3:64, 65. SC 44 7 Tem havido demasiado sermonear para o povo; mas têm eles sido ensinados a trabalhar por aqueles por quem Cristo morreu? Tem-se delineado um ramo de trabalho, colocando-o ante eles de tal modo que cada qual viu a necessidade de tomar parte na obra? -- Testemunhos Seletos 3:64. SC 44 8 É pela educação e pela prática que as pessoas devem ser habilitadas a satisfazer a qualquer emergência que possa surgir; e é necessário sábio planejar para colocar a cada qual em sua devida esfera, a fim de que possa obter uma experiência que o habilite para assumir responsabilidade. -- Testimonies for the Church 9:221. SC 45 1 O programa missionário da igreja -- Muitos teriam boa vontade de trabalhar, se lhes ensinassem a começar. Necessitam ser instruídos e animados. Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos a dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos inconversos. Deve haver cursos de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxílio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes. Que os mestres vão à frente no trabalho entre o povo, e outros, unindo-se a eles, aprenderão em seu exemplo. Um exemplo vale mais que muitos preceitos. -- A Ciência do Bom Viver, 149. SC 45 2 Preparo especial -- Para educar o povo nos princípios da reforma de saúde, é mister que se façam maiores esforços. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, na arte de preparar alimentos saudáveis. Todos, adultos e jovens, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mão dos alimentos animais. -- Testemunhos Seletos 3:361. SC 45 3 Mas, em todo lugar onde há uma igreja, devem ser dadas instruções quanto ao preparo de alimentos simples, saudáveis, para uso dos que desejam viver segundo os princípios de saúde. E os membros da igreja devem comunicar ao povo da vizinhança a luz que recebem acerca desse assunto. -- Obreiros Evangélicos, 362. SC 45 4 Adaptar a instrução -- Quantos obreiros úteis e honrados na causa de Deus têm recebido preparo entre os humildes deveres das mais modestas posições da vida! Moisés foi candidato ao governo do Egito, mas Deus não o pôde tirar da corte do rei para fazer a obra que lhe era designada. Somente depois de ele haver sido por quarenta anos um fiel pastor, foi enviado como libertador de seu povo. Gideão foi tirado da eira, para ser o instrumento nas mãos de Deus, para livrar os exércitos de Israel. Eliseu foi convidado a deixar o arado, e atender ao mandado do Senhor. Amós era agricultor, lavrador do solo, quando Deus lhe deu uma mensagem a proclamar. Todos quantos se tornam coobreiros de Cristo, terão a executar grande quantidade de trabalho penoso, desagradável, e suas lições devem ser sabiamente escolhidas, e adaptadas a suas peculiaridades de caráter, e à obra que eles têm de realizar. -- Obreiros Evangélicos, 332, 333. SC 46 1 Responsabilidade pela instrução -- Quando homens promissores e hábeis se convertiam, como no caso de Timóteo, Paulo e Barnabé, procuravam zelosamente mostrar-lhes a necessidade de trabalhar na vinha. E, quando os apóstolos partiam para outro lugar, a fé daqueles homens não vacilava, antes aumentava. Haviam sido fielmente instruídos no caminho do Senhor, e se lhes ensinara como trabalhar abnegadamente, fervorosamente, perseverantemente pela salvação de seus semelhantes. Esta cuidadosa instrução aos novos conversos era um importante fator no êxito notável que acompanhava Paulo e Barnabé, pregando eles o evangelho nas terras gentílicas. -- Atos dos Apóstolos, 186, 187. SC 46 2 Ao estabelecerem-se igrejas, deve-se-lhes apresentar o fato de que é mesmo dentre elas que hão de sair os homens que devem levar a verdade a outros, e levantar novas igrejas; pelo que todos devem trabalhar, cultivar o máximo possível os talentos que Deus lhes deu, e exercitar a mente para se empenhar no serviço de seu Senhor. -- Testimonies for the Church 3:205. SC 46 3 Os movimentos missionários estão sendo continuamente embaraçados por falta de obreiros com a devida espécie de espírito -- obreiros devotados e piedosos, que representem devidamente a nossa fé. Muitos há que devem tornar-se missionários, mas que não entram nunca no campo, porque os que estão ao seu lado na igreja ou em nossos colégios não se preocupam em trabalhar com eles, expondo diante de seus olhos as exigências de Deus quanto a todas as suas faculdades, e não oram com eles e por eles. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 452. SC 46 4 Aqueles a cujo cargo se encontram os interesses espirituais da igreja devem formular planos e meios pelos quais se dê a todos os seus membros alguma oportunidade de fazer uma parte na obra de Deus. Nem sempre foi isto feito em tempos passados. Não foram bem definidos nem executados os planos para empregar os talentos de cada um em serviço ativo. Poucos há que avaliem devidamente quanto se tem perdido por causa disto. -- Obreiros Evangélicos, 351. SC 46 5 Em toda igreja, devem os membros ser adestrados de maneira tal que dediquem tempo para ganhar almas para Cristo. Como poderá ser dito da igreja: "Vós sois a luz do mundo" (Mateus 5:14), a menos que seus membros estejam realmente comunicando luz? Despertem e compreendam seu dever os que estão encarregados do rebanho de Cristo, e ponham muitas almas a trabalhar. -- Testemunhos Seletos 3:69. SC 46 6 Oficiais habilitados para instruir -- Grande cuidado se deve exercer na escolha de oficiais para as igrejas novas. Que estes sejam homens e mulheres inteiramente convertidos. Escolham-se os mais habilitados para instruir, aqueles que sejam capazes de servir tanto pela palavra como pelos atos. Existe uma profunda necessidade de trabalho em todos os ramos. -- Testimonies for the Church 6:85. SC 46 7 Os anciãos e os que têm cargos de responsabilidade na igreja, devem conceder mais reflexão aos seus planos para dirigir a obra. Devem arranjar as coisas de maneira que todos os membros da igreja tenham uma parte a desempenhar, para que ninguém leve uma vida sem objetivo, mas que todos realizem o que lhes for possível, de acordo com suas várias aptidões. [...] É essencial que os membros da igreja sejam educados de tal forma que se venham a tornar abnegados, dedicados e eficientes obreiros de Deus; e é só assim que a igreja pode evitar tornar-se infrutífera e morta. [...] Todo membro da igreja se deve tornar um obreiro ativo -- uma pedra viva, espargindo luz no templo de Deus. -- The Review and Herald, 2 de Setembro de 1890. SC 47 1 Os membros da igreja devem se educar -- Os membros da igreja precisam trabalhar; devem educar a si mesmos, esforçando-se por atingir a elevada norma que lhes é proposta. Para isso o Senhor os auxiliará, se eles cooperarem com Ele. -- Testimonies for the Church 9:140. SC 47 2 Não devemos perder oportunidade alguma de preparar-nos intelectualmente para a obra de Deus. -- Parábolas de Jesus, 334. SC 47 3 A norma divina -- O Senhor deseja que obtenhamos toda instrução possível, com o objetivo em vista de partilhar com outros nosso conhecimento. Ninguém pode saber onde nem como será chamado para labutar ou falar para Deus. Somente nosso Pai celeste vê o que pode fazer do homem. Há perante nós possibilidades que nossa fraca fé não discerne. Nossa mente deve estar tão adestrada que, se necessário, possamos expor as verdades da Palavra de Deus perante as mais altas autoridades terrenas, de maneira tal que glorifique Seu nome. -- Parábolas de Jesus, 333, 334. SC 47 4 Quem tem estado a preparar-se para sair a trabalhar em Sua vinha? Deus não Se agrada com novatos. Ele deseja que façamos o melhor e mais elevado uso possível, dos talentos que nos concedeu. -- The Review and Herald, 2 de Abril de 1889. SC 47 5 Ilustração -- Eu sonhara que alguém me trouxe uma peça de um tecido branco e me incumbiu de cortar dele vestes para pessoas de todos os tamanhos, de todas as condições de vida e de todas as modalidades de caráter. Foi-me ordenado que as cortasse e as deixasse preparadas para serem feitas, quando reclamadas. Tive a impressão de que muitos daqueles para os quais fora incumbida de cortar vestes, não as mereciam. Indaguei então se esta era a última peça de tecido que tinha a cortar, ao que me foi respondido que não; que tão depressa houvesse acabado essa, havia ainda outras para cortar. SC 47 6 Senti-me desanimar ante o acúmulo de trabalho que vi diante de mim; verifiquei que estivera empenhada em talhar vestes para outros durante mais de vinte anos e que o meu trabalho não fora apreciado; também não podia ver que houvesse sido de grande benefício. Falei então à pessoa que me trouxera os tecidos, aludindo particularmente a uma mulher, para a qual tinha sido incumbida de cortar um vestido. Observei-lhe que não saberia apreciar o vestido e que presenteá-la com o mesmo seria perder tempo e tecido. Era muito pobre, de pouca cultura, desordenada nos hábitos, de sorte que havia de sujá-lo muito breve. A pessoa respondeu-me: Corta o vestido. É esse o teu dever. O prejuízo não é teu senão meu. Deus não vê conforme os homens vêem. Ele distribui o trabalho que deseja ver feito, e não sabes qual deles prosperará, se este ou aquele. Ver-se-á que muitas dessas pobres almas entrarão no reino, enquanto outros, favorecidos com todas as bênçãos da vida, tendo todas as vantagens para o aperfeiçoamento, serão deixados fora. -- Testimonies for the Church 2:10, 11. SC 48 1 Durante horas, os soldados são exercitados em se desembaraçar de suas mochilas, e colocá-las de novo rapidamente em si. É-lhes ensinado a ensarilhar armas e tomá-las com rapidez. São exercitados em fazer um ataque contra o inimigo, e treinados em todas as espécies de manobras. Assim continuam os exercícios preparatórios de homens para todas as emergências. E deveriam aqueles que lutam pelo Príncipe Emanuel ser menos zelosos e diligentes em se preparar para o combate espiritual? -- Obreiros Evangélicos, 75. ------------------------Capítulo 6 -- Os estudantes e o trabalho missionário SC 49 1 O objetivo da educação -- A verdadeira educação é um preparo missionário. Todo filho e filha de Deus é chamado a ser missionário; somos chamados ao serviço de Deus e de nossos semelhantes; e habilitar-nos para essa obra deve ser o objetivo de nossa educação. -- A Ciência do Bom Viver, 395. SC 49 2 É para fortalecer os jovens contra as tentações do inimigo, que estabelecemos escolas onde possam habilitar-se para ser úteis nesta vida, e para o serviço de Deus através da eternidade. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 495. SC 49 3 Aquele que se esforça por obter conhecimento para poder trabalhar em prol dos ignorantes e dos que se acham a perecer, está desempenhando sua parte no cumprimento do grande desígnio de Deus para com a humanidade. No serviço desinteressado em benefício dos outros, está ele satisfazendo o elevado ideal da educação cristã. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 545. SC 49 4 O Senhor chama jovens fortes, consagrados e prontos a se sacrificarem, que avancem e que, depois de breve tempo passado na escola, saiam preparados a levar a mensagem ao mundo. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 549. SC 49 5 Aprender pela prática -- Para sua completa educação é necessário que se dê aos alunos tempo para fazer trabalho missionário -- tempo para se relacionarem com as necessidades espirituais das famílias da vizinhança. Não devem ficar tão sobrecarregados de estudos, que não tenham tempo de empregar o conhecimento adquirido. Sejam animados a fazer diligente trabalho missionário em favor dos que estão no erro, relacionando-se com eles, e levando-lhes a verdade. Trabalhando com humildade, buscando sabedoria de Cristo, orando e velando em oração, poderão dar a outros o conhecimento que lhes enriqueceu a própria vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 545, 546. SC 49 6 Sempre que for possível, os alunos devem, durante o ano escolar, tomar parte em obra missionária na cidade. Devem fazer esse trabalho nas vilas e povoações vizinhas. Devem organizar-se em grupos para efetuar obra de auxílio cristão. Os alunos devem obter ampla visão de suas presentes obrigações para com Deus. Não devem aguardar uma época, depois do termo escolar, quando venham a fazer uma grande obra para o Senhor, mas estudar a maneira por que, durante a vida estudantil, tomem com Cristo o jugo em abnegado serviço pelos outros. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 547. SC 50 1 Não basta encher a mente dos jovens com lições de profunda importância; eles devem aprender a comunicar o que receberam. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 545. SC 50 2 De nossos colégios e escolas missionárias, devem missionários ser enviados a terras distantes. Enquanto na escola, aproveitem os alunos toda oportunidade de se preparar para essa obra. Aí devem eles ser experimentados e provados de modo que se verifique seu grau de adaptabilidade, e se têm no alto sua firmeza. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 549. SC 50 3 Estimular o espírito missionário -- Os professores e alunos em nossas escolas precisam do toque divino. Deus pode fazer por eles muito mais do que tem feito, em razão de, no passado, haver Seu caminho sido restringido. Caso seja animado o espírito missionário, mesmo que isto tome algumas horas do programa regular de estudo, serão derramadas muitas das bênçãos celestes, uma vez que haja mais fé e zelo espiritual, mais da compreensão do que Deus há de fazer. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 546. SC 50 4 Ao terminarem as aulas -- Quando se encerram as aulas, há oportunidade para muitos irem para o campo como colportores-evangelistas. O fiel colportor encontra entrada em muitos lares, nos quais deixa leitura contendo a verdade para os dias atuais. Os alunos devem aprender a vender nossos livros. Há necessidade de homens de profunda experiência cristã, de espírito equilibrado, fortes e bem educados para se empenharem neste ramo da obra. Alguns há que possuem o talento, a educação e experiência que os habilitariam a preparar jovens para a obra da colportagem, de maneira que se efetuaria muito mais do que agora. Os que são possuidores desses dotes têm um dever especial a cumprir em ensinar outros. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 546, 547. SC 50 5 O ministério do canto -- Os alunos que aprenderam a cantar com melodia e clareza, suaves hinos evangélicos, podem atuar muito bem como cantores-evangelistas. Encontrarão muitos ensejos de empregar o talento que Deus lhes deu, levando melodia e raios de luz a muitos solitários lugares entenebrecidos pela tristeza e aflição, cantando para pessoas que raramente têm o privilégio de ir à igreja. SC 50 6 Estudantes, ide pelos caminhos e atalhos. Esforçai-vos por chegar em contato com as classes mais elevadas, bem como com as mais humildes. Entrai nas casas dos ricos e nas dos pobres, e, quando se vos ofereça ocasião, perguntai: "Acaso os senhores gostariam de ouvir cantar alguns hinos de louvor a Deus?" Então, quando os corações se acham enternecidos, talvez se abra caminho para proferirdes algumas palavras de oração pedindo as bênçãos de Deus. Não serão muitos os que se recusam a ouvir. Tal ministério é genuína obra missionária. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 547, 548. ------------------------Capítulo 7 -- Colaboração de pastores e membros da igreja SC 51 1 Penetrar juntos no campo de serviço -- Que os pastores e membros leigos saiam para os campos a amadurecer. Encontrarão sua seara onde quer que proclamem as esquecidas verdades bíblicas. Acharão pessoas que aceitem a verdade, e devotem sua vida a ganhar almas para Cristo. -- The Signs of the Times, 3 de Agosto de 1903. SC 51 2 Não é o desígnio do Senhor que se deixe aos pastores a maior parte da obra de semear a semente da verdade. Homens que não são chamados ao ministério, devem ser animados a trabalhar pelo Mestre segundo suas várias aptidões. Centenas de homens e mulheres agora ociosos poderiam fazer uma obra digna de aceitação. Levando a verdade à casa de seus amigos e vizinhos, poderiam fazer uma grande obra para o Mestre. -- Testemunhos Seletos 3:83, 84. SC 51 3 Deus deu aos Seus pastores a mensagem da verdade, para proclamá-la. Devem as igrejas recebê-la, e comunicá-la de todas as maneiras possíveis, apanhando os primeiros raios de luz e difundindo-os. -- Testemunhos Seletos 3:58. SC 51 4 Deve o povo dirigir os seus esforços no mesmo sentido que o pastor, apoiando assim os seus esforços e ajudando-o a levar os seus encargos, e assim ele não ficará sobrecarregado nem desanimará. Não pode a igreja ser levada a experimentar uma influência duradoura a menos que o povo proceda inteligentemente, dirigindo-se pelo princípio, no sentido de fazer tudo que podem para promover a obra. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1881. SC 51 5 Uma combinação convincente -- O mundo ficará convencido, não pelo que o púlpito ensina, mas pelo que a igreja vive. O ministério anuncia do púlpito a teoria do evangelho; a piedade prática da igreja demonstra seu poder. -- Testimonies for the Church 7:16. SC 51 6 A obra de Deus na Terra nunca poderá ser terminada a não ser que os homens e as mulheres que constituem a igreja participem do trabalho e unam os seus esforços aos dos pastores e oficiais da igreja. -- Obreiros Evangélicos, 352. SC 51 7 Pregar é uma pequena parte da obra a ser feita pela salvação de almas. O Espírito de Deus convence os pecadores da verdade, e depõe-nos nos braços da igreja. Os pastores podem fazer sua parte, mas nunca poderão efetuar a obra que deve ser feita pela igreja. -- Testemunhos Seletos 1:455. SC 51 8 A disseminação da verdade de Deus não se limita a alguns poucos pastores ordenados. A verdade deve ser difundida por todos os que professam ser discípulos de Cristo. Precisa ser semeada sobre todas as águas. -- The Review and Herald, 22 de Agosto de 1899. SC 52 1 Os pastores podem pregar sermões aprazíveis e convincentes, e fazer muito esforço para edificar a igreja, e fazê-la prosperar; mas a menos que seus membros façam individualmente sua parte como servos de Jesus Cristo, a igreja estará sempre em trevas e sem forças. Endurecido e tenebroso como se acha o mundo, a influência de um exemplo verdadeiramente coerente será uma força para o bem. -- Testimonies for the Church 4:285, 286. SC 52 2 Um erro fatal -- É erro fatal supor que a obra de salvação de almas depende só do ministério. O humilde e consagrado crente sobre quem o Senhor da vinha colocou o encargo das almas, deve receber encorajamento daqueles a quem o Senhor deu maiores responsabilidades. Os que ocupam lugar de líderes na igreja de Deus devem sentir que a missão do Salvador é dada a todos os que crerem no Seu nome. Deus deseja enviar para a Sua vinha a muitos que não foram consagrados ao ministério pela imposição das mãos. -- Atos dos Apóstolos, 110. SC 52 3 A idéia de que o pastor deve levar toda a carga e fazer todo o trabalho, é um grande engano. Sobrecarregado de trabalho e exausto, poderá descer ao sepulcro quando, se a carga houvesse sido repartida como era o plano de Deus, poderia haver vivido. A fim de que a carga seja distribuída, devem instruir a igreja os que podem ensinar outros a seguirem a Cristo e trabalharem como Ele trabalhou. -- Testemunhos Seletos 3:68. SC 52 4 O pastor não deve sentir ser seu dever fazer todas as pregações e todos os trabalhos e todas as orações; cabe-lhe preparar auxiliares, em todas as igrejas. Que pessoas diferentes se revezem na direção das reuniões, e em dar estudos bíblicos; assim fazendo, estarão empregando os talentos que Deus lhes deu, e, ao mesmo tempo, recebendo o preparo para serem obreiros. -- Obreiros Evangélicos, 197. SC 52 5 Os pastores não devem fazer a obra que pertence à igreja, fatigando-se assim, e impedindo que outros cumpram seu dever. Eles devem ensinar os membros a trabalharem na igreja e entre a vizinhança. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 291. SC 52 6 Ao ser feito um esforço para se apresentar nossa fé aos incrédulos, os membros da igreja ficam muitas vezes para trás, como se não fossem parte interessada e deixam todo o peso sobre os pastores. Por esta razão o trabalho de nossos pastores mais capazes tem por vezes sido de pouco resultado. -- Obreiros Evangélicos, 196. SC 53 7 O dever do pastor -- A melhor ajuda que os pastores podem prestar aos membros de nossas igrejas não consiste em pregar-lhes sermões, mas em planejar trabalho para que o façam. Dai a cada um algo para fazer em prol de outros. Ajudai todos a verem que, como recebedores da graça de Cristo, estão obrigados a trabalhar para Ele. E seja a todos ensinada a maneira de trabalhar. Especialmente as pessoas que recentemente aceitaram a fé, devem ser ensinadas a cooperar com Deus. -- Testemunhos Seletos 3:323. SC 53 1 Pastores, pregai as verdades que levem ao trabalho pessoal pelos que estão sem Cristo. Animai o esforço pessoal em todos os modos possíveis. -- Testimonies for the Church 9:124. SC 53 2 Ensinem os pastores aos membros da igreja que, a fim de crescer em espiritualidade, devem levar o fardo que o Senhor sobre eles pôs -- o encargo de conduzir almas à verdade. Aqueles que não estão fazendo face a suas responsabilidades devem ser visitados, orando-se e trabalhando-se com eles. Não leveis o povo a descansar em vós como pastores; ensinai-lhes antes que devem usar seus talentos em comunicar a verdade aos que os rodeiam. Trabalhando assim, hão de ter a cooperação dos anjos celestiais, e obterão uma experiência que lhes acrescentará a fé, tornando-os firmes em Deus. -- Obreiros Evangélicos, 200. SC 53 3 Ao trabalhar em lugares onde já se encontram alguns na fé, o pastor deve não tanto buscar a princípio, converter os incrédulos, como exercitar os membros da igreja para prestarem cooperação proveitosa. Trabalhe com eles individualmente, tentando despertá-los para buscarem eles próprios experiência mais profunda, e trabalharem por outros. Quando estiverem preparados para apoiar o pastor mediante orações e serviços, maior êxito há de lhe acompanhar os esforços. -- Obreiros Evangélicos, 196. SC 53 4 Em alguns respeitos, o pastor ocupa posição idêntica à do mestre de um grupo de operários, ou de um capitão de navio. Deles se espera que vejam que os homens sobre quem se acham colocados façam a obra que lhes é designada, pronta e corretamente, e só em caso de emergência precisam executar os detalhes. O proprietário de um grande moinho encontrou uma vez seu superintendente a fazer qualquer simples reparo numa roda, ao passo que por ali, parados a olhar ociosamente, achavam-se meia dúzia de operários desse ramo. Havendo-se informado do fato, a fim de estar certo de que não faria injustiça, chamou o mestre ao seu escritório e entregou-lhe sua demissão, pagando-lhe integralmente. Surpreendido, o homem pediu explicação. Esta foi dada nas seguintes palavras: "Empreguei-o para manter seis homens ocupados. Achei os seis ociosos, e o senhor fazendo o trabalho de um apenas. O seu trabalho poderia ter sido feito por qualquer dos seis. Não posso pagar o ordenado de sete, para o senhor ensinar os seis a serem vadios." SC 53 5 Este incidente pode ser aplicável a uns casos, e a outros não. Mas muitos pastores falham em conseguir, ou em não tentar, que todos os membros da igreja se empenhem ativamente nos vários ramos da obra. Se os pastores dessem mais atenção a pôr e manter seu rebanho ativamente ocupado na obra, haveriam de realizar mais benefícios, ter mais tempo para estudar e fazer visitas missionárias, e também evitar muitas causas de atrito. -- Obreiros Evangélicos, 197, 198. SC 54 1 Um bom exemplo -- O apóstolo [Paulo] sentia-se responsável em grande medida pelo bem-estar espiritual dos que se convertiam por seus labores. Seu desejo era que crescessem no conhecimento do único verdadeiro Deus, e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Não raro, em seu ministério, reunia-se ele com pequenos grupos de homens e mulheres que amavam a Jesus, inclinando-se com eles em oração, pedindo a Deus para lhes ensinar como se manterem em íntima comunhão com Ele. Muitas vezes tomava conselho com eles sobre os melhores métodos de dar a outros a luz da verdade evangélica. Muitas vezes, quando separados daqueles por quem assim havia trabalhado, suplicava a Deus para que os guardasse do mal, e os ajudasse a se manterem como missionários ativos e fervorosos. -- Atos dos Apóstolos, 262. ------------------------Capítulo 8 -- Organização das forças cristãs SC 55 1 A organização é essencial -- O tempo é breve, e nossas forças têm que ser organizadas para produzirem uma obra maior. -- Testemunhos Seletos 3:295. SC 55 2 A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. -- Testemunhos Seletos 3:84. SC 55 3 Haja em toda igreja grupos bem organizados de obreiros para trabalharem nas vizinhanças dessa igreja. -- The Review and Herald, 29 de Setembro de 1891. SC 55 4 Em toda cidade deve haver um corpo de obreiros organizados, bem disciplinados; não meramente um ou dois, mas dezenas e dezenas devem ser postos a trabalhar. -- The General Conference Bulletin, 37 (1893). SC 55 5 Formemos em nossas igrejas grupos para o serviço. Unam-se vários membros para trabalhar como pescadores de homens. Procurem arrebatar almas, da corrupção do mundo, para a salvadora pureza do amor de Cristo. -- Testemunhos Seletos 3:84. SC 55 6 A igreja de Cristo na Terra foi organizada para fins missionários, e o Senhor deseja ver a igreja inteira idealizando meios pelos quais elevados e humildes, ricos e pobres, possam ouvir a mensagem da verdade. -- Testimonies for the Church 7:21. SC 55 7 Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. -- Testemunhos Seletos 3:84. SC 55 8 Se num campo de batalha são necessárias ordem e disciplina para o êxito da ação, quanto mais necessitamos nós desses requisitos no conflito em que nos achamos empenhados, uma vez que o objetivo a alcançar é tão mais valioso e de caráter tão mais elevado do que aquele pelo qual se luta nos campos de batalha! Na luta em que nos empenhamos acham-se em jogo interesses eternos. -- Testimonies for the Church 1:649. SC 55 9 Deus é um Deus de ordem. Tudo que se acha em conexão com o Céu, está em perfeita ordem; a sujeição e a perfeita disciplina assinalam os movimentos da hoste angélica. O êxito apenas pode acompanhar a ordem e a ação harmoniosa. Deus requer ordem e método em Sua obra hoje, não menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem fazê-lo inteligentemente, não de maneira descuidada, casual. Ele quer que Sua obra seja feita com fé e exatidão, para que sobre ela ponha o sinal de Sua aprovação. -- Patriarcas e Profetas, 376. SC 56 1 Deve fazer-se na igreja uma obra bem organizada, para que seus membros saibam como comunicar a luz a outros e assim fortalecer a própria fé e aumentar o seu conhecimento. Ao repartirem o que de Deus receberam, firmar-se-ão na fé. A igreja que trabalha é igreja viva. Somos transformados em pedras vivas, e cada uma delas deve emitir luz. Cada cristão é comparado a uma pedra preciosa que recebe a glória de Deus e a reflete. -- Testemunhos Seletos 3:68. SC 56 2 Lições de organização -- É desígnio de Deus que aprendamos lições de ordem e organização, da perfeita ordem instituída nos dias de Moisés, para benefício dos filhos de Israel. -- Testimonies for the Church 1:653. SC 56 3 Primeiro passo na organização da igreja -- Foi na ordenação dos doze que se deram os primeiros passos na organização da igreja, que depois da partida de Cristo devia levar avante Sua obra na Terra. -- Atos dos Apóstolos, 18. SC 56 4 Um modelo de organização -- A organização da igreja em Jerusalém deveria servir como modelo para a organização de igrejas em todos os outros lugares em que mensageiros da verdade conquistassem conversos ao evangelho. [...] Mais tarde, na história da igreja primitiva, quando nas várias partes do mundo muitos grupos de crentes se constituíram em igrejas, a organização da mesma foi mais aperfeiçoada, de modo que a ordem e a ação harmoniosa se pudessem manter. Todo membro era exortado a bem desempenhar sua parte. Cada qual devia fazer sábio uso dos talentos a ele confiados. -- Atos dos Apóstolos, 91, 92. SC 56 5 Cada um em seu lugar -- A cada um que se ajunta às fileiras mediante conversão, deve ser designado seu posto de dever. Cada qual deve estar disposto a ser ou fazer qualquer coisa nessa batalha. -- Testimonies for the Church 7:30. SC 56 6 Não são numerosas instituições, grandes edifícios ou larga ostentação o que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus, e precioso. Cada um deve ficar em seu quinhão e lugar, pensando, falando e agindo em harmonia com o Espírito de Deus. Então, e não antes, será a obra um todo completo, simétrico. -- Testemunhos Seletos 2:531. SC 56 7 A força de um exército é medida em grande parte pela eficiência dos homens das fileiras. O general sábio manda seus oficiais treinarem cada soldado para o serviço ativo. Ele procura desenvolver a mais alta eficiência da parte de todos. Se devesse depender unicamente de seus oficiais, não poderia nunca esperar conduzir uma campanha com êxito. Ele conta com o serviço leal e incansável de todo homem de seu exército. A responsabilidade recai em grande parte sobre os homens das fileiras. -- Obreiros Evangélicos, 351. SC 57 1 O Mestre pede obreiros evangélicos. Quem responderá? Nem todos os que entram para o exército chegam a ser generais, capitães, sargentos ou mesmo cabos. Nem todos têm o cuidado e a responsabilidade de dirigentes. Há duros trabalhos de outras espécies para serem feitos. Uns devem cavar trincheiras e construir fortificações; outros, ocupar o lugar de sentinelas, e outros, ainda, levar mensagens. Conquanto haja poucos oficiais, são necessários muitos soldados para formar as linhas e fileiras do exército; todavia o êxito depende da fidelidade de cada soldado. A covardia ou a traição de um só homem pode produzir a derrota do exército inteiro. -- Obreiros Evangélicos, 84, 85. SC 57 2 O segredo do êxito -- O segredo de nosso êxito na obra de Deus encontrar-se-á na operação harmoniosa de nosso povo. Tem de haver uma ação concentrada. Todo o membro do corpo de Cristo tem que fazer sua parte na causa de Deus segundo a capacidade que Ele lhe deu. Temos que conjugar esforços contra as dificuldades e obstáculos, ombro a ombro, e unidos pelo coração. -- The Review and Herald, 2 de Dezembro de 1890. SC 57 3 Se os cristãos agissem de comum acordo, avançando como um só homem, sob a direção de um único Poder, para a realização de um só objetivo, eles abalariam o mundo. -- Testimonies for the Church 9:221. SC 57 4 Os anjos operam em harmonia. Todos os seus movimentos são caracterizados por uma ordem perfeita. Quanto mais estritamente imitarmos a harmonia e a ordem das hostes angélicas, tanto mais bem-sucedidos serão os esforços desses agentes celestes em nosso favor. Se não virmos a necessidade de uma ação coesa, e formos desordenados, indisciplinados, desorganizados em nosso procedimento, os anjos, que são perfeitamente organizados e agem em perfeita ordem, não podem trabalhar com êxito por nós. Afastam-se tristes, pois não são autorizados a abençoar a confusão, a discórdia, a desorganização. Todos aqueles que desejam a cooperação dos mensageiros celestes, têm de trabalhar em uníssono com eles. Aqueles que receberam a unção do alto, hão de fazer todo esforço possível para animar a ordem, a disciplina e a unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Jamais, porém, hão de esses celestes mensageiros sancionar a irregularidade, a desorganização e a desordem. -- Testimonies for the Church 1:649, 650. SC 57 5 Advertência oportuna -- Há necessidade de trabalho sistemático; mas onde alguns de vós estais por muito tempo fazendo projetos, e planejando, e aprontando-vos para o trabalho, Satanás ocupa previamente o campo com fábulas fascinantes, e a atenção dos homens se absorve nos enganos do enganador-mestre. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 57 6 Oh, como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo, e desorganizar a obra num tempo em que a organização completa é essencial, e constitui a maior força para evitar as tentativas desagregadoras e refutar pretensões não apoiadas pela Palavra de Deus! Precisamos manter as linhas uniformemente, para que não haja quebra do sistema de organização e ordem, que se ergueu por meio de sábio, cuidadoso labor. Não se deve dar licença a elementos desordeiros que desejem controlar a obra neste tempo. -- Obreiros Evangélicos, 487. ------------------------Capítulo 9 -- Despertamento SC 59 1 Os convites -- Que a mensagem do evangelho soe através de nossas igrejas, convidando-as para a ação universal. Que os membros da igreja tenham mais fé, adquirindo zelo de seus invisíveis aliados celestes, do conhecimento de seus inexauríveis recursos, da grandeza do empreendimento em que se acham empenhados, do poder de seu Guia. Os que se colocam sob a direção de Deus, para ser por Ele guiados, compreenderão a constante corrente dos acontecimentos que Ele ordenou. Inspirados pelo Espírito dAquele que deu a vida pela vida do mundo, não se deixarão ficar por mais tempo impotentes, apontando para as coisas que não podem fazer. Vestindo a armadura do Céu, sairão à peleja, dispostos a agir ousadamente em favor de Deus, sabendo que Sua onipotência lhes suprirá as necessidades. -- Testimonies for the Church 7:14. SC 59 2 Despertemos! A batalha está sendo travada. A verdade e o erro estão se aproximando de seu conflito final. Marchemos sob a bandeira, manchada de sangue, do Príncipe Emanuel, e combatamos o bom combate da fé, e alcancemos as honras eternas; pois a verdade triunfará, e podemos ser mais que vencedores por Aquele que nos amou. As preciosas horas de graça estão a terminar. Façamos obra segura, para a vida eterna, a fim de que glorifiquemos nosso Pai celestial, e sejamos o instrumento de salvação de almas pelas quais Cristo morreu. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 59 3 Ordem de marcha -- O Duque de Wellington achava-se presente uma vez a uma reunião em que um grupo de cristãos discutiam a possibilidade de êxito do esforço missionário entre os pagãos. Apelaram para o Duque, dissesse ele se julgava que tais esforços seriam capazes de ter um sucesso correspondente ao que custavam. O velho soldado respondeu: SC 59 4 - Cavalheiros, quais são vossas ordens de marcha? O êxito não é o que deveis discutir. Se leio corretamente vossas ordens, elas dizem assim: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura". Marcos 16:15. Cavalheiros, obedecei a vossas ordens de marcha. -- Obreiros Evangélicos, 115. SC 59 5 Não há tempo a perder -- "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito". Sofonias 1:14. Tenhamos calçados os pés com os sapatos do evangelho, prontos para marchar imediatamente à primeira ordem. -- Testemunhos Seletos 3:310. SC 60 1 Os membros da igreja [...] devem estar sempre prontos para entrar imediatamente em ação, em obediência às ordens do Mestre. Onde quer que vejamos trabalho por fazer, devemos lançar-nos a ele e executá-lo, olhando constantemente para Jesus. [...] Se cada membro fosse um missionário vivo, o evangelho seria rapidamente proclamado em todos os países, a todos os povos, nações e línguas. -- Testemunhos Seletos 3:299. SC 60 2 Estamos nos aproximando do fim da história terrestre. Temos perante nós uma grande obra -- a finalizadora obra de dar a última mensagem de advertência a um mundo pecaminoso. Homens serão tirados do arado, da vinha, de vários outros ramos de trabalho, e enviados pelo Senhor a dar ao mundo esta mensagem. -- Testimonies for the Church 7:270. SC 60 3 Fazei soar um alarme pela extensão e largura da Terra. Dizei ao povo que o dia do Senhor está perto, e se apressa grandemente. Ninguém fique por advertir. Poderíamos achar-nos no lugar das pobres almas que se encontram em erro. Poderíamos haver sido colocados entre os bárbaros. Segundo a verdade que recebemos mais que os outros, somos nós devedores quanto a comunicar-lha. -- Testemunhos Seletos 2:375. SC 60 4 Meus irmãos e irmãs, é demasiado tarde para dedicar vosso tempo e forças a servir a vós mesmos. Não vos encontre o último dia destituídos do tesouro celestial. Procurai promover os triunfos da cruz, procurai iluminar almas, trabalhar pela salvação de vossos semelhantes, e vossa obra resistirá à penosa prova do fogo. -- Testimonies for the Church 9:56. SC 60 5 Temos que proclamar essa mensagem com rapidez, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Os homens serão em breve forçados a tomar grandes decisões, e nosso dever é cuidar de que lhes seja proporcionada a oportunidade de compreenderem a verdade, a fim de que se decidam inteligentemente pelo direito. O Senhor chama Seu povo para trabalhar -- trabalhar zelosa e prudentemente -- enquanto dura o tempo da graça. -- Testemunhos Seletos 3:345. SC 60 6 Não temos tempo a perder. O fim está próximo. Em breve a passagem de um lugar para outro a fim de transmitir a verdade será cercada de perigos à direita e à esquerda. Far-se-á tudo para obstruir o caminho dos mensageiros do Senhor, de modo que não possam realizar o que lhes é possível executar agora. Cumpre-nos olhar de frente nossa obra, e avançar o mais depressa possível em luta intensa. Segundo a luz que me foi dada por Deus, sei que as potências das trevas estão trabalhando com intensa energia que procede de baixo, e a passos furtivos vai Satanás avançando para se apoderar dos que agora se acham distraídos, qual lobo que se apodera da presa. Temos agora advertências que nos é possível dar, uma obra que nos é concedida fazer; em breve, porém, será mais difícil do que podemos imaginar. Ajude-nos Deus, a conservar-nos na vereda da luz, trabalhar com os olhos fixos em Jesus, nosso Líder, e, paciente e perseverantemente, avançar para a vitória. -- Testemunhos Seletos 2:375, 376. SC 60 7 Há perigo em demorar. Aquela alma que podíeis haver encontrado, aquela alma a quem podíeis ter aberto as Escrituras, passa além de vosso alcance. Satanás armou-lhe um laço para os pés, e amanhã ela poderá estar desenvolvendo os planos do arquiinimigo de Deus. Por que demorar um dia? Por que não pôr mãos à obra imediatamente? -- Testimonies for the Church 6:443. SC 61 1 Em todos os séculos se tem exigido dos seguidores de Cristo vigilância e fidelidade; agora, porém, que nos achamos mesmo nos umbrais do mundo eterno, possuindo as verdades que possuímos, tendo uma tão grande luz, uma obra tão importante, temos de redobrar nossa diligência. Cumpre a cada um fazer exatamente o máximo que lhe seja possível. Meu irmão, pões em perigo tua própria salvação, se te deténs agora. Deus te pedirá contas se deixares de fazer a obra que te designou. -- Testemunhos Seletos 2:161, 162. SC 61 2 Perguntas importantes -- Estende-se perante nós a eternidade. A cortina está para ser corrida. Em que estamos pensando, para que assim nos apeguemos ao nosso amor egoísta da comodidade, enquanto por toda parte ao nosso redor pessoas estão a perecer em seus pecados? SC 61 3 Ficou-nos completamente calejado o coração? Não podemos ver nem compreender que temos uma obra para fazer em favor de outros? SC 61 4 Irmãos e irmãs, estais entre os que, tendo olhos, não vêem, e tendo ouvidos, não ouvem? Foi em vão que Deus vos deu o conhecimento de Sua vontade? Foi em vão que Ele vos enviou advertência após advertência da proximidade do fim? SC 61 5 Acreditais nas declarações de Sua Palavra acerca do que está para sobrevir ao mundo? Acreditais que os juízos de Deus impendem sobre os habitantes da Terra? Como, então, podeis ficar de braços cruzados, descuidosos e indiferentes? -- Testemunhos Seletos 3:295. SC 61 6 Apelo para despertar -- A obra está a finalizar-se rapidamente, e por toda parte aumenta a impiedade. Temos pouco tempo, apenas, para trabalhar. Despertemos da sonolência espiritual, e consagremos ao Senhor tudo que temos e somos. Seu Espírito permanecerá com os verdadeiros missionários, proporcionando-lhes poder para o serviço. -- The Southern Work, 9 de Abril de 1903. SC 61 7 Despertai, irmãos e irmãs, despertai! Não continueis a dormir. "Por que estais ociosos todo o dia?" Jesus vos chama, dizendo: "Ide hoje trabalhar na Minha vinha". Mateus 20:6, 7. Todo aquele que recebeu o Espírito Santo, o manifestará; pois todas as suas forças serão empregadas no mais ativo serviço. Todos os que em verdade recebem a Jesus pela fé, trabalham. Experimentam um sentimento de responsabilidade pelas almas. Deus pede agora a todos os que possuem algum conhecimento da verdade, que são depositários de verdades sagradas, que se ergam e comuniquem a luz do Céu a outros. -- The Review and Herald, 6 de Dezembro de 1893. SC 61 8 Despertai, irmãos; por amor de vossa própria alma, despertai. Sem a graça de Cristo nada podeis fazer. Trabalhai enquanto puderdes. -- The Southern Work, 17 de Julho de 1906. SC 62 1 Caso nos fossem abertos os olhos para ver os anjos maus em operação junto dos que se sentem à vontade e se consideram seguros, não nos sentiríamos tão em segurança. Os anjos maus nos estão nos calcanhares a cada momento. -- Testemunhos Seletos 1:100. SC 62 2 Deus chama a todos, tanto os pregadores como o povo, para que despertem. Todo o Céu está alerta. As cenas da história terrestre estão em rápido desfecho. Achamo-nos entre os perigos dos últimos dias. Maiores perigos se encontram diante de nós, e ainda não estamos despertos. Esta falta de atividade e fervor na causa de Deus, é terrível. Este mortal torpor vem de Satanás. -- Testemunhos Seletos 1:87, 88. SC 62 3 Que direi a fim de despertar o povo remanescente de Deus? Foi-me mostrado que estão diante de nós terríveis cenas; Satanás e seus anjos estão reunindo todas as suas forças para oprimir o povo de Deus. Sabe que, se eles dormirem um pouco mais, está seguro quanto a eles, pois é certa sua destruição. -- Testemunhos Seletos 1:90. SC 62 4 Nestas horas finais de graça para os filhos dos homens, quando a sorte de cada alma deve ser logo decidida para sempre, o Senhor do Céu e da Terra espera que Sua igreja desperte para a ação como nunca dantes. Os que foram feitos livres em Cristo pelo conhecimento da preciosa verdade, são considerados pelo Senhor Jesus como Seus escolhidos, favorecidos sobre todos os outros povos na face da Terra; e Ele está contando certo que eles manifestarão os louvores dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. As bênçãos tão liberalmente outorgadas devem ser comunicadas a outros. As boas novas de salvação devem ir a cada nação, tribo, língua e povo. -- Profetas e Reis, 716. SC 62 5 Nem um dentre cem, em nosso meio, está fazendo qualquer coisa além de empenhar-se em empreendimentos comuns, seculares. Não estamos nem meio despertos em relação ao valor das almas pelas quais Cristo morreu. -- Testimonies for the Church 8:148. SC 62 6 Se os seguidores de Cristo estivessem sempre alerta ao chamado do dever, milhares estariam proclamando o evangelho em países gentios onde hoje só existe um. E todos os que se não empenhassem pessoalmente nessa obra, haveriam de sustentá-la com os seus recursos, sua simpatia e suas orações. E muito maior quantidade de zeloso trabalho se faria nos países cristãos. -- Conflict and Courage, 81. SC 62 7 Milhares de pessoas fruem grande luz e preciosas oportunidades, mas coisa alguma fazem com sua influência ou seu dinheiro a fim de iluminar a outros. Nem ao menos assumem a responsabilidade de manter sua própria alma no amor de Deus, para que não se tornem um peso para a igreja. Esses seriam um peso e um empecilho no Céu. Por amor de Cristo, por amor da verdade, por amor deles mesmos, devem eles despertar e fazer trabalho diligente com vistas à eternidade. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 62 8 A igreja de Cristo bem pode ser comparada a um exército. A vida de todo soldado é de labuta, dificuldade e perigo. Por todos os lados há inimigos vigilantes, dirigidos pelo príncipe das potestades das trevas, o qual jamais tosqueneja nem abandona seu posto. Sempre que um cristão esteja desapercebido, este poderoso adversário faz um súbito e violento ataque. A menos que os membros da igreja estejam ativos e vigilantes, serão vencidos pelos seus ardis. SC 63 1 Que seria se metade dos soldados de um exército estivessem ociosos ou adormecidos quando tivessem ordem de estar a postos? O resultado seria derrota, cativeiro ou morte. Se algum deles escapasse das mãos do inimigo, seria ele considerado digno de recompensa? Não; bem depressa receberia a sentença de morte. E se a igreja de Cristo é descuidosa e infiel, acham-se envolvidas conseqüências muito mais importantes. Um exército de soldados cristãos adormecidos -- que poderia ser mais terrível? Que avanço poderia ser feito contra o mundo, que está sob domínio do príncipe das trevas? Os que, no dia da batalha, se põem indiferentemente na retaguarda, como se não tivessem interesse nem sentissem responsabilidade quanto ao resultado da luta, melhor seria que mudassem de atitude, ou deixassem imediatamente as fileiras. -- Testimonies for the Church 5:394. SC 63 2 Ação necessária -- Foi-me mostrado o povo de Deus esperando que ocorresse alguma mudança -- que um compulsivo poder deles se apoderasse. Mas ficarão decepcionados, pois estão em erro. Precisam agir; precisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e clamar fervorosamente a Deus por um genuíno conhecimento de si próprios. As cenas que estão passando diante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos despertar, levando insistentemente a verdade ao coração de todos os que quiserem escutar. A seara da Terra está quase madura. -- Testemunhos Seletos 1:88. SC 63 3 Tudo que há no universo concita aos que conhecem a verdade a consagrar-se sem reservas à proclamação da mesma, tal como lhes foi revelada na mensagem do terceiro anjo. Aquilo que vemos e ouvimos nos conclama ao dever. A operação de instrumentalidades satânicas convoca todo cristão a permanecer em seu posto. -- Testemunhos Seletos 3:294. SC 63 4 A mensagem da próxima vinda de Cristo deve ser dada a todas as nações da Terra. Um esforço vigilante, infatigável, é exigido para vencer as forças do inimigo. Nossa parte não é sentar-nos silenciosos e chorar, e torcer as mãos, mas erguer-nos e trabalhar para este tempo e para a eternidade. -- The Southern Work, 29 de Maio de 1902. SC 63 5 "Faze alguma coisa, faze-a logo, com todas as forças; mesmo a asa de um anjo desfaleceria, com um repouso muito longo; e o próprio Deus, se inativo, não seria mais bendito". -- Testimonies for the Church 5:308. SC 63 6 Ninguém pense que tem o direito de cruzar os braços e não fazer nada. Que alguém possa ser salvo estando na indolência e inatividade, é uma completa impossibilidade. Pensai no que Cristo fez durante Seu ministério terrestre. Quão fervorosos, quão incansáveis foram Seus esforços! Não permitia que coisa alguma O desviasse do trabalho que Lhe fora dado. Estamos nós seguindo Suas pisadas? -- O Colportor Evangelista, 76. SC 64 1 Agentes divinos e humanos acham-se combinados na obra de salvar almas. Deus tem feito Sua parte, e agora é necessária a atividade cristã. Deus o requer. Ele espera que Seu povo faça uma parte na apresentação da luz da verdade a todas as nações. Quem se associará com o Senhor Jesus Cristo? -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 64 2 A igreja deve ser ativa, se quiser ser uma igreja viva. Não se deve contentar meramente em manter seu próprio terreno contra as forças adversárias do pecado e do erro, nem se contentar com avançar a passos lentos, mas levar o jugo de Cristo, e conservar-se passo a passo com o Guia, fazendo novos recrutas pelo caminho. -- The Review and Herald, 4 de Agosto de 1891. SC 64 3 Temos apenas um pouco de tempo para intensificar a luta; então Cristo virá, e terminará esta cena de rebelião. Então terão sido feitos nossos últimos esforços para trabalhar com Cristo e promover o Seu reino. Alguns que têm estado na frente de batalha, resistindo zelosamente à incursão do mal, caem no posto do dever; outros contemplam tristemente os heróis que tombaram, mas não têm tempo de cessar o trabalho. Têm de cerrar fileiras, apanhar o estandarte da mão paralisada pela morte, e com renovada energia defender a verdade e a honra de Cristo. Como nunca dantes, tem de ser feita resistência contra o pecado -- contra os poderes das trevas. O tempo requer enérgica e resoluta atividade da parte dos que crêem na verdade presente. Devem ensinar a verdade tanto pelo preceito como pelo exemplo. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 64 4 O Senhor convida hoje os adventistas do sétimo dia de todas as partes para a Ele se consagrarem, e fazerem, segundo sua capacidade, o máximo que lhes for possível para auxiliar Sua obra. -- Testemunhos Seletos 3:350, 351. SC 64 5 A ociosidade e a religião não andam de mãos dadas; e a causa de nossa grande deficiência na vida e experiência cristãs é a inatividade na causa de Deus. Os músculos de vosso corpo se tornarão fracos e inúteis se não se conservarem em exercício, e o mesmo se dá com a natureza espiritual. Se quereis ser fortes, tereis de exercer vossas faculdades. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 64 6 Devemos ser obreiros diligentes; o homem ocioso é uma criatura infeliz. Mas que desculpa pode ser apresentada para a ociosidade na grande obra para cuja realização Cristo deu a vida? As faculdades espirituais deixam de existir se não são exercitadas, e é propósito de Satanás que elas pereçam. Todo o Céu está ativamente empenhado na obra de preparar um povo para a segunda vinda de Cristo ao nosso mundo, e "nós somos cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. O fim de todas as coisas está às portas. Agora é nossa oportunidade de trabalhar. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1893. SC 64 7 É de missionários de coração que se precisa. Esforços esporádicos pouco bem farão. Temos de atrair a atenção. Temos de ser profundamente fervorosos. -- Testimonies for the Church 9:45. SC 65 1 Há entre nós pessoas que, se tomassem tempo para observar, considerariam sua posição indolente como um descuido pecaminoso dos talentos que Deus lhes conferiu. -- Testemunhos Seletos 3:59. SC 65 2 Qual é nossa posição no mundo? Estamos no tempo de espera. Mas este período não deve ser despendido em abstrata devoção. Esperar, vigiar e o atento trabalho, devem ser combinados. Nossa vida não deve ser toda afobação e esforço e planejamento acerca das coisas do mundo, com negligência da piedade pessoal e do serviço que Deus requer. Conquanto não devamos ser vagarosos no cuidado, devemos ser fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. A candeia da alma tem de estar espevitada, e temos de ter o óleo da graça em nossas vasilhas, com as lâmpadas. Toda precaução tem de ser tomada para evitar o declínio espiritual, a fim de que o dia do Senhor não nos sobrevenha como um ladrão. -- Testimonies for the Church 5:276. SC 65 3 Vivemos numa época em que não deve existir absolutamente preguiça espiritual. Toda alma deve ser carregada com a celeste corrente da vida. -- Testimonies for the Church 8:169. SC 65 4 Amontoai nesta vida todas as boas obras que puderdes. -- Testemunhos Seletos 2:190. SC 65 5 Jesus deseja que todos os que professam Seu nome se tornem obreiros fervorosos. É necessário que todo membro individual construa sobre a rocha que é Jesus Cristo. Arma-se uma tempestade que forçará e provará ao máximo o fundamento espiritual de cada um. Por isso, evitai o chão de areia; buscai a rocha. Cavai fundo; ponde alicerce seguro. Construí, oh, construí para a eternidade! Construí com lágrimas, com orações provindas do coração. Que cada qual de vós, daqui por diante, embeleze a vida mediante boas obras. Calebes são os homens mais necessários nestes últimos dias. -- Testimonies for the Church 5:129, 130. SC 65 6 A medição divina -- Está em contínuo processo uma medição de caráter. Os anjos de Deus avaliam vosso valor moral, e verificam vossas necessidades, e apresentam a Deus vosso caso. -- The Review and Herald, 2 de Abril de 1889. SC 65 7 Seremos considerados individualmente responsáveis por fazer um jota menos do que somos capazes. O Senhor mede com exatidão toda possibilidade para o serviço. As capacidades não utilizadas serão levadas em conta, tanto quanto as que empregamos. Deus nos tem como responsáveis por tudo que nos poderíamos tornar pelo bom uso de nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que nos cumpria fazer, mas que não executamos por não usar nossas faculdades para glorificar a Deus. Mesmo que não percamos a salvação, reconheceremos na eternidade a conseqüência de não empregarmos nossos talentos. Haverá eterna perda por todo conhecimento e capacidade não alcançados, que poderíamos ter ganho. -- Parábolas de Jesus, 362, 363. SC 66 1 O que poderia ter ocorrido -- Se todo soldado de Cristo houvesse cumprido seu dever, se todo vigia nos muros de Sião houvesse dado à trombeta um sonido certo, o mundo poderia ter ouvido a mensagem de advertência. Mas a obra está com anos de atraso. Enquanto os homens têm dormido, Satanás se nos tem adiantado furtivamente. -- Testemunhos Seletos 3:297. SC 66 2 Assumamos agora o trabalho que nos é designado, e proclamemos a mensagem que há de despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer seu perigo. Se cada adventista do sétimo dia houvesse feito o trabalho que lhe foi confiado, o número de crentes seria hoje muito maior do que é. Em todas as cidades da América [do Norte], haveria os que tivessem sido levados a tomar a sério a mensagem de obedecer à lei de Deus. -- Testemunhos Seletos 3:293. SC 66 3 Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. -- Testemunhos Seletos 3:72. SC 66 4 O registro celestial -- O mundo carece de missionários, consagrados missionários no país natal, e não será nos livros do Céu registrado como cristão ninguém que não tenha espírito missionário. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1892. SC 66 5 Se os membros da igreja não lançarem individualmente mão desta obra, mostrarão assim não estar em viva conexão com Deus. Seu nome está registrado como servos negligentes. -- Testemunhos Seletos 2:164. SC 66 6 Em cada movimento religioso há alguns que, conquanto não possam negar que a causa é de Deus, mantêm-se arredios, recusando fazer qualquer esforço para ajudar. Faria bem a tais pessoas lembrar o registro que é mantido no alto -- o livro no qual não há omissões, nem erro, e pelo qual serão julgados. Ali cada oportunidade negligenciada para o serviço de Deus é registrada; e ali, igualmente, cada ato de fé e amor é mantido em eterna lembrança. -- Profetas e Reis, 639. SC 66 7 Na manhã de 23 de Outubro de 1879, por volta das duas horas, o Espírito do Senhor repousou sobre mim, e vi cenas do juízo vindouro. [...] Dez milhares vezes dez milhares achavam-se reunidos diante de um grande trono, sobre o qual estava sentada uma pessoa de aparência majestosa. Vários livros achavam-se diante dEle, e na capa de cada um estava escrito em letras de ouro, que pareciam como chama ardente: "Contas-correntes do Céu." Foi então aberto um desses livros, contendo os nomes dos que professam crer na verdade. Perdi imediatamente de vista os inúmeros milhões que se achavam em redor do trono, e unicamente os que eram professos filhos da luz e da verdade me prenderam a atenção. [...] SC 66 8 Abriu-se outro livro, no qual se achavam registrados os pecados dos que professam a verdade. Sob o cabeçalho geral de egoísmo, vinha uma legião de pecados. [...] Uma classe estava registrada como empecilhos do terreno. Ao cair sobre esses o penetrante olhar do Juiz, foram distintamente revelados seus pecados de negligência. Com lábios pálidos e trêmulos reconheceram haver sido traidores do santo depósito que lhes fora confiado. Haviam tido advertências e privilégios, mas não os haviam atendido e aproveitado. Podiam ver agora que haviam presumido demasiado da misericórdia de Deus. Em verdade, não tinham a fazer confissões como as dos vis e baixamente corrompidos; mas, como a figueira, eram amaldiçoados por não produzirem frutos, por não haverem usado os talentos a eles confiados. Esta classe dera ao próprio eu o supremo lugar, trabalhando apenas pelo interesse egoísta. Não eram ricos para com Deus, não havendo correspondido a Suas reivindicações sobre eles. Conquanto professassem ser servos de Cristo, não Lhe trouxeram almas. Houvesse a causa de Deus dependido de seus esforços, e haveria definhado; pois eles, não somente retiveram os meios que lhes foram emprestados por Deus, mas a si mesmos se retiveram. [...] Deixaram que outros fizessem a obra na vinha do Mestre, e levassem as mais pesadas responsabilidades, enquanto eles estavam servindo egoistamente seus próprios interesses temporais. [...] SC 67 1 Disse o Juiz: "Todos serão justificados por sua fé, e julgados por suas obras." Quão vividamente aparecia então sua negligência, e quão sábia a medida de Deus de dar a cada homem uma obra a fazer a fim de promover a causa e salvar seus semelhantes! Cada um devia demonstrar na família e na vizinhança uma fé viva, mediante a bondade manifestada ao pobre, a compaixão para com o aflito, o empenhar-se em obra missionária, e o ajudar a causa de Deus com Seus meios. Mas, como Meroz, a maldição de Deus repousou sobre eles pelo que não fizeram. Eles amaram a obra que traria mais proveito nesta vida; e ao lado de seus nomes no Livro consagrado às boas obras, havia um lamentável vazio. -- Testemunhos Seletos 1:518-520. SC 67 2 Exige-se mais de nós -- Incide sobre nós maior luz do que brilhou sobre nossos pais. Não podemos ser aceitos ou honrados por Deus prestando o mesmo serviço, ou fazendo as mesmas obras que nossos pais. A fim de ser aceitos e abençoados por Deus como eles foram, cumpre-nos imitar sua fidelidade e seu zelo -- aperfeiçoemos nossa luz como eles fizeram à sua -- e façamos como eles teriam feito caso vivessem em nossos dias. Cumpre-nos viver segundo a luz que brilha sobre nós, do contrário, essa luz tornar-se-á em trevas. -- Testemunhos Seletos 1:89, 90. SC 67 3 Um apelo à igreja indolente -- É um mistério que não haja centenas de pessoas trabalhando onde hoje vemos apenas uma. O universo celeste acha-se pasmo em face da apatia, da frieza, da indiferença daqueles que professam ser filhos e filhas de Deus. Existe na Verdade um poder vivo. -- Testimonies for the Church 9:42. SC 67 4 Jamais poderemos ser salvos na indolência e inatividade. Não há pessoa verdadeiramente convertida que viva vida inútil e ociosa. Não nos é possível deslizar para dentro do Céu. Nenhum preguiçoso pode lá entrar. [...] Quem recusa cooperar com Deus na Terra, não cooperaria com Ele no Céu. Não seria seguro levá-los para lá. -- Parábolas de Jesus, 280. SC 68 1 Todo o Céu olha com intenso interesse à igreja, para ver o que seus membros estão individualmente fazendo para iluminar os que estão em trevas. -- The Review and Herald, 27 de Fevereiro de 1894. SC 68 2 Deveis considerar solenemente que estais tratando com o grande Deus, e deveis lembrar-vos sempre de que Ele não é uma criança com quem se brinque. Não podeis empenhar-vos em Seu serviço de acordo com sua vontade, e abandoná-lo quando muito bem o quereis. -- Testimonies for the Church 2:221. SC 68 3 Seres celestiais têm esperado para cooperar com os instrumentos humanos, mas não temos discernido sua presença. -- Testimonies for the Church 6:297. SC 68 4 Os anjos celestiais têm esperado longamente que os agentes humanos -- os membros da igreja -- com eles cooperem na grande obra a ser feita. Eles estão esperando por ti. -- Testemunhos Seletos 3:308. SC 68 5 Muitos, muitos, se estão aproximando do dia de Deus sem fazer coisa alguma, eximindo-se às responsabilidades, e em resultado, são anões religiosos. No que respeita à obra de Deus, as páginas da história de sua vida apresentam-se lamentavelmente em branco. São árvores no jardim de Deus, mas apenas ocupam o terreno, ensombrando com seus improdutivos ramos o solo que árvores frutíferas poderiam ter ocupado. -- The Review and Herald, 22 de Maio de 1888. SC 68 6 Há perigo para os que fazem pouco ou nada para Cristo. A graça de Deus não habitará por muito tempo na alma daqueles que, tendo grandes privilégios e oportunidades, permanecem silenciosos. -- The Review and Herald, 22 de Agosto de 1899. SC 68 7 Não há agora tempo para dormir -- não há tempo para nos entregarmos a vãos pesares. Aquele que ousa cochilar agora, perderá preciosas oportunidades de fazer o bem. É-nos concedido o bendito privilégio de reunir molhos na grande ceifa; e cada alma salva será uma estrela a mais na coroa de Jesus, nosso adorável Redentor. Quem estará ansioso por depor a armadura quando, sustentando a batalha um pouquinho mais, alcançará novas vitórias e arrecadará novos troféus para a eternidade? -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 68 8 Os mensageiros celestiais estão fazendo sua obra; mas, que estamos nós fazendo? Irmãos e irmãs, Deus nos convida a remirmos o tempo. Aproximai-vos de Deus. Despertai o dom que há em vós. Que aqueles que tiveram oportunidade de se familiarizar com as razões de nossa fé usem agora esse conhecimento para alguma finalidade. SC 68 9 Como podereis vós, que fazeis a oração do Senhor: "Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu" (Mateus 6:10), assentar-vos comodamente em vossos lares, sem ajudar a levar a outros a tocha da verdade? Como podereis erguer as mãos a Deus e rogar Suas bênçãos sobre vós e vossas famílias, quando tão pouco fazeis para ajudar aos outros? -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 288. SC 68 10 Há entre nós pessoas que, se tomassem tempo para observar, considerariam sua posição indolente como um descuido pecaminoso dos talentos que Deus lhes conferiu. Irmãos e irmãs, vosso Redentor e todos os santos anjos estão entristecidos com a vossa dureza de coração. Cristo deu Sua própria vida para salvar almas e, não obstante, vós, que Lhe haveis provado o amor, pouco esforço fazeis para partilhar as bênçãos de Sua graça com aqueles por quem Ele morreu. Semelhante indiferença e negligência do dever assombra os anjos. No juízo tereis que encontrar-vos com as almas de que vos haveis descuidado. Naquele grande dia, sentir-vos-eis culpados e condenados. Oxalá o Senhor vos induza agora ao arrependimento e perdoe ao Seu povo o haver descuidado a obra que Ele lhes deu para fazerem em Sua vinha. -- Testemunhos Seletos 3:59. SC 69 1 Que podemos dizer ao membro da igreja ocioso, a fim de fazer-lhe reconhecer a necessidade de desenterrar o seu talento e entregá-lo aos banqueiros? Não haverá no reino dos Céus ociosos nem preguiçosos. Que Deus apresente este assunto em toda a sua importância às igrejas dormentes! Oxalá se levante Sião e vista as suas roupas de gala! Oxalá resplandeça! -- Testemunhos Seletos 3:67. SC 69 2 Existe uma obra a fazer em benefício daqueles que não conhecem a verdade, uma obra idêntica àquela que foi feita por vós quando vos acháveis em trevas. É demasiado tarde para dormir, tarde demais para ser indolentes que nada fazem. O Pai de família deu a cada um a sua obra. Avancemos, não retrocedamos. Necessitamos diariamente de uma nova conversão. Necessitamos que o amor de Jesus palpite em nosso coração, a fim de podermos ser instrumentos em salvar muitas almas. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 69 3 O Senhor Jesus requer que toda alma que pretenda ser filho ou filha de Deus, não só se aparte de toda iniqüidade, mas seja abundante em atos de caridade, abnegação e humildade. O Senhor apresentou a operação de certa lei do espírito e da ação, a qual nos deve ser uma advertência em relação ao nosso trabalho. Diz Ele: "A qualquer que tiver ser-lhe-á dado, mas ao que não tiver até o que tem lhe será tirado". Lucas 19:26. Os que não aproveitam suas oportunidades, que não exercitam a graça que Deus lhes dá, têm menos inclinação de assim proceder e, afinal, entregues a dormente letargia, perdem aquilo que possuíam outrora. Não tomam providências para o futuro tempo de necessidade, tratando de obter uma experiência vasta, obter um aumentado conhecimento das coisas divinas, de maneira que quando lhes sobrevêm provas e tentações, sejam aptos a resistir. Quando vêm perseguições e tentações, esta classe de pessoas perde o ânimo e a fé, e seus alicerces são arrastados, porquanto não viram a necessidade de fazerem seguro o seu alicerce. Não firmaram a alma na Rocha eterna. -- The Review and Herald, 27 de Março de 1894. SC 69 4 Quão terrível será, no último e grande dia, ver que aqueles com os quais nos associávamos familiarmente se acham separados de nós para sempre; ver os membros de nossa família, talvez nossos próprios filhos, sem estarem salvos; ver aqueles que visitavam nosso lar e comeram à nossa mesa, entre os perdidos! Então dirigiremos a nós mesmos a pergunta: Foi porventura por causa de minha impaciência, minha disposição não cristã; ou foi porque o próprio eu não estava dominado, que a religião de Cristo se lhes tornou desagradável? SC 70 1 O mundo tem de ser advertido da breve volta do Senhor. Temos apenas pouco tempo para trabalhar. Passaram para a eternidade anos que poderiam ter sido aproveitados para buscar primeiramente o reino de Deus e Sua justiça, e para difundir a luz aos outros. Deus agora convoca o Seu povo que possui grande luz e está firmado na verdade, e com o qual teve muito trabalho, para trabalharem por si mesmos e pelos outros como nunca dantes o fizeram. Fazei uso de toda aptidão; ponde em exercício toda faculdade, todo talento confiado; empregai toda a luz que Deus vos concedeu, para fazer bem aos outros. Não procureis tornar-vos pregadores, mas tornai-vos ministros de Deus. -- The Southern Work, 20 de Junho de 1905. SC 70 2 Ilustrações vívidas -- O amor divino moveu-se a suas insondáveis profundidades em favor dos homens, e os anjos maravilham-se de ver nos objetos de tão grande amor uma gratidão meramente superficial. Os anjos pasmam de quão limitada é a apreciação que o homem tem do amor de Deus. O Céu se indigna ante a negligência manifestada para com a alma dos homens. Queremos saber como Cristo o considera? Como sentiria um pai, uma mãe, soubessem eles que, estando seu filho perdido no frio e na neve, fora desdenhado e deixado a perecer pelos que o poderiam haver salvado? Não ficariam terrivelmente ofendidos, furiosamente indignados? Não os acusariam com uma ira tão ardente como suas lágrimas, tão intensa como seu amor? Os sofrimentos de cada homem são os sofrimentos de um filho de Deus, e os que não estendem a mão em socorro de seus semelhantes quase a perecer, provocam-Lhe a justa ira. -- O Desejado de Todas as Nações, 825. SC 70 3 Li acerca de um homem que, viajando num dia de inverno através de profunda neve acumulada, ficou entorpecido pelo frio, que quase imperceptivelmente lhe roubava as forças. E quando estava quase morto de frio, prestes a desistir da luta pela vida, ouviu os gemidos de um companheiro de viagem, prestes, como ele, a perecer de frio. Despertou-se-lhe a compaixão, no desejo de salvá-lo. Friccionou os membros gelados do infeliz e, depois de considerável esforço, conseguiu pô-lo de pé; mas como não pudesse manter-se em pé, levou-o em braços compassivos através daqueles mesmos montes de neve que ele julgara jamais poder atravessar sozinho. E depois de haver levado seu companheiro de jornada a um lugar de segurança, descobriu que, salvando seu próximo, salvara-se também a si mesmo. Seus intensos esforços por salvar outro ativaram-lhe o sangue que estava a enregelar-se em suas veias, produzindo-lhe às extremidades do corpo um saudável calor. Estas lições devem ser expostas impressiva e continuamente aos crentes jovens, não só por preceito, mas pelo exemplo, a fim de que em sua experiência cristã possam alcançar resultados semelhantes. -- Testimonies for the Church 4:319, 320. SC 71 1 Não deveis retrair-vos dentro de vós mesmos, satisfeitos porque fostes abençoados com um conhecimento da verdade. Quem vos trouxe a verdade? Quem vos mostrou a luz da Palavra de Deus? Deus não vos proporcionou Sua luz para que pusésseis debaixo do alqueire. Li acerca de uma expedição que foi mandada a descobrir o paradeiro de Sir John Franklin. Homens valorosos deixaram o seu lar e vaguearam nos Mares do Norte, sofrendo privação, fome, frio e aflição. E por que isso tudo? -- Meramente pela honra de descobrir os corpos dos exploradores, ou, se possível, salvar alguns da expedição, da terrível morte que certamente lhes sobreviria, a menos que lhes chegasse auxílio em tempo. Se salvassem da morte um homem, que fosse, considerariam bem recompensados os seus sofrimentos. Isso fizeram com sacrifício de todo o seu conforto e felicidade. SC 71 2 Pensai nisso, e então considerai quão pouco estamos dispostos a sacrificar pela salvação das preciosas almas que nos rodeiam. Não somos obrigados a ir para longe de casa, numa viagem longa e tediosa, para salvar a vida de um mortal a perecer. Às nossas próprias portas, em todo o nosso redor, por todos os lados, há almas a serem salvas, almas que perecem -- homens e mulheres a morrerem sem esperança, sem Deus -- e no entanto não nos sentimos preocupados, dizendo virtualmente por nossas ações, se não por palavras: "Sou eu guardador de meu irmão?" Gênesis 4:9. Aqueles homens que perderam a vida na tentativa de salvar outros, são elogiados pelo mundo, como heróis e mártires. Como deveríamos nos sentir, os que temos à frente a perspectiva da vida eterna, se não fizermos os pequenos sacrifícios que Deus de nós requer, para a salvação das almas humanas? -- The Review and Herald, 14 de Agosto de 1888. SC 71 3 Em certa vila da Nova Inglaterra, estava-se cavando um poço. Quando o trabalho estava quase pronto, estando um homem ainda no fundo do mesmo, houve um desmoronamento, e ele ficou soterrado. Instantaneamente foi dado o alarme, e mecânicos, fazendeiros, comerciantes, advogados, correram ansiosamente para salvá-lo. Cordas, escadas e pás foram trazidas por mãos zelosas e cheias de boa vontade. "Salvai-o, ó salvai-o!" clamavam. SC 71 4 Os homens trabalharam com desesperada energia, até que o suor lhes corria em gotas pela fronte, e os braços tremiam do esforço. Afinal, foi enfiado um tubo para baixo, pelo qual eles gritaram para o homem, a fim de saber se estava vivo ainda. Veio a resposta: "Vivo, mas apressem-se. É terrível aqui." Com uma exclamação de alegria, renovaram os esforços, e por fim o homem foi alcançado e salvo, e a alegria que subiu aos ares parecia penetrar o próprio Céu. "Ele está salvo!" ecoava por todas as ruas da cidade. SC 71 5 Seria isso zelo e interesse demasiados, demasiado entusiasmo para salvar um homem? Certamente não era; mas, que é a perda da vida temporal em comparação com a da alma? Se a ameaça de perda de uma existência desperta no coração humano sentimento tão intenso, não deveria a perda de uma alma suscitar solicitude mais profunda em homens que professam compreender o perigo daqueles que se acham separados de Cristo? Não mostrarão os servos de Deus tão grande zelo em trabalhar pela salvação de almas como foi manifestado pela vida daquele homem soterrado no poço? -- Obreiros Evangélicos, 31, 32. SC 72 1 Profissão contra expressão -- Toda verdade importante recebida no coração tem de encontrar expressão na vida. É em proporção ao recebimento do amor de Cristo, que os homens desejam proclamar aos outros o seu poder; e o próprio ato de o proclamar, aprofunda e intensifica seu valor para sua própria alma. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1889. SC 72 2 Deve nossa fé ser prolífera de boas obras; pois a fé sem obras é morta. -- Testemunhos Seletos 1:485. SC 72 3 Todos os que recebem no coração a mensagem do evangelho, almejarão proclamá-la. O amor de Cristo, de origem celeste, precisa encontrar expressão. -- Parábolas de Jesus, 124. SC 72 4 Devemos louvar a Deus por serviço tangível, fazendo todo esforço para promover a glória de Seu nome. -- Parábolas de Jesus, 300. SC 72 5 Nossa fé no presente tempo não deve consistir em mero assentimento ou em simplesmente acreditar na teoria da terceira mensagem. Precisamos do óleo da graça de Cristo para prover as nossas lâmpadas, e fazer que a luz de nossa vida brilhe, indicando o caminho aos que estiverem em trevas. -- Testemunhos Seletos 3:356. SC 72 6 Vossa força e bênçãos espirituais serão proporcionais ao trabalho de amor e às boas obras que fizerdes. -- Testimonies for the Church 3:526. SC 72 7 Poder-se-ia fazer por Cristo muito mais, se todos quantos possuem a luz da verdade vivessem segundo a verdade. -- Testimonies for the Church 9:40. SC 72 8 Foi-me mostrado que, como um povo, somos deficientes. Nossas obras não estão em harmonia com a nossa fé. Nossa fé testifica que vivemos sob a proclamação da mais solene e importante mensagem que já foi dada a mortais. No entanto, em plena vista deste fato, nossos esforços, nosso zelo, nosso espírito de sacrifício, não estão à altura do caráter da obra. Devemos despertar dentre os que dormem, e Cristo nos dará vida. -- Testimonies for the Church 2:114. SC 72 9 Avançai com fé, e proclamai a verdade como quem nela crê. Que aqueles por quem trabalhais vejam que para vós ela é de fato uma viva realidade. -- Testimonies for the Church 9:42. SC 72 10 Uma vida semelhante à de Cristo é o mais poderoso argumento que pode ser apresentado em favor do cristianismo. -- Testemunhos Seletos 3:290. SC 72 11 Muitos há que professam o nome de Cristo, e cujo coração não está empenhado em Seu serviço. Colocaram-se simplesmente numa profissão de piedade, e por esse mesmo ato aumentaram o tamanho de sua condenação, e se tornaram mais enganosos e mais bem-sucedidos agentes de Satanás, para a ruína de almas. -- The Review and Herald, 27 de Março de 1888. SC 73 1 Os que aguardam o Senhor, purificam a alma pela obediência da verdade. Com a vigilante espera, combinam ativo serviço. Como sabem que o Senhor está às portas, seu zelo é avivado para cooperar com as forças divinas para salvação de almas. Estes são os sábios e fiéis servos que dão "o sustento a seu tempo" (Salmos 104:27) à casa do Senhor. Estão declarando a verdade especialmente aplicável a este tempo. Como Enoque, Noé, Abraão e Moisés, cada um declarou a verdade para seu tempo, assim hão de os servos de Cristo agora dar a especial advertência para sua geração. -- O Desejado de Todas as Nações, 634. SC 73 2 Nossa posição diante de Deus depende, não da quantidade de luz que temos recebido, mas do uso que fazemos da que possuímos. Assim, mesmo o pagão que prefere o direito, na proporção em que lhe é possível distingui-lo, acha-se em condições mais favoráveis do que os que têm grande luz e professam servir a Deus, mas desatendem a essa luz, e por sua vida diária contradizem sua profissão de fé. -- O Desejado de Todas as Nações, 239. SC 73 3 Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la. 2 Pedro 3:12. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão. -- Parábolas de Jesus, 69. SC 73 4 Devem os cristãos despertar, e assumir os seus deveres negligenciados; pois a salvação de sua própria alma depende de seus esforços individuais. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1881. SC 73 5 O culto verdadeiro consiste em trabalhar juntamente com Cristo. Orações, exortações, e conversas são frutos baratos, que freqüentemente são acrescentados; mas os frutos que se manifestam em boas obras, em cuidar dos necessitados, dos órfãos e das viúvas, são frutos genuínos, e crescem naturalmente numa árvore boa. -- The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 73 6 Assumam os membros da igreja individualmente a obra que lhes é designada, de difundir luz, assim como de recebê-la. Ninguém fica impune por estar ocioso na vinha do Senhor. -- The Review and Herald, 19 de Fevereiro de 1889. SC 73 7 O princípio do fazer é o fruto que Cristo requer que produzamos; praticar atos de beneficência, falar palavras bondosas e manifestar terna consideração para com os pobres, os necessitados e os aflitos. -- The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 73 8 A samaritana que conversou com Jesus junto ao poço de Jacó, mal achou o Salvador, levou outros a Ele. Mostrou-se mais eficiente missionária que os próprios discípulos. Esses nada viram em Samaria que indicasse ser ela um campo animador. Tinham os pensamentos fixos numa grande obra a ser efetuada no futuro. Não viram que mesmo junto deles estava uma colheita a fazer. Mas, por intermédio da mulher a quem desprezavam, toda uma cidade foi levada a ouvir Jesus. Ela levou imediatamente a luz a seus conterrâneos. Essa mulher representa a operação de uma fé prática em Cristo. -- A Ciência do Bom Viver, 102. SC 74 1 Os adventistas do sétimo dia estão fazendo progressos, duplicando seu número, estabelecendo missões e desfraldando o estandarte da verdade nos lugares escuros da Terra; todavia a obra está avançando muito mais demoradamente do que Deus o quereria. [Por quê?] Os membros da igreja não se acham individualmente despertos para desenvolver os mais fervorosos esforços de que são capazes, e todos os ramos da obra estão sendo prejudicados pela falta de fervente piedade, e de obreiros consagrados, humildes e tementes a Deus. Onde se acham os soldados da cruz de Cristo? Que aqueles que temem a Deus, os sinceros, os de um só propósito, que visam perseverantemente a glória de Deus, se preparem para a batalha contra o erro. Há muitos fracos, covardes de coração nesta hora de conflito espiritual. Quem dera que sua covardia se convertesse em força, que se tornassem valentes na luta, e pusessem em fuga os exércitos contrários! -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 290. SC 74 2 É princípio universal que sempre que alguém se recusa a usar as faculdades que Deus lhe deu, essas faculdades se debilitam e morrem. A verdade que não é vivida, que não é repartida, perde seu poder de comunicar vida, sua virtude salutar. -- Atos dos Apóstolos, 206. SC 74 3 Coisa alguma proporcionará tanto vigor à vossa piedade, como trabalhar para promover a causa que professais amar, em vez de estorvá-la. -- Testimonies for the Church 4:236. SC 74 4 Os que procuram manter a vida cristã aceitando passivamente as bênçãos que lhes são oferecidas pelos meios da graça nada fazendo por Cristo, estão simplesmente procurando comer para viver, sem trabalhar. No mundo espiritual, assim como no mundo natural, isso resulta sempre em degeneração e ruína. -- Conflict and Courage, 80, 81. SC 74 5 O perigo que acompanha a atividade missionária -- Não esqueçamos que, ao aumentarmos a atividade, somos bem-sucedidos em fazer a obra que tem de ser realizada e há o perigo de confiar em planos e métodos humanos. Haverá tendência para orar menos, e ter menos fé. Correremos o perigo de perder o senso de nossa dependência de Deus, o único que pode fazer com que nosso trabalho seja bem-sucedido; mas se bem que essa seja a tendência, que ninguém pense que o instrumento humano tenha de fazer menos. Não, ele não tem de fazer menos, porém mais, mediante a aceitação do celeste dom, o Espírito Santo. SC 74 6 Virão tempos em que a igreja será despertada pelo poder divino, e fervorosa atividade será o resultado, pois o vivificante poder do Espírito Santo inspirará seus membros a saírem e buscarem almas para Cristo. Mas quando essa atividade se manifestar, os mais fervorosos obreiros só estarão seguros se confiarem em Deus, por meio de constante e fervorosa oração. Terão necessidade de fazer fervorosas súplicas para que, pela graça de Cristo, sejam salvos de ficarem orgulhosos em seu trabalho, ou de fazerem de suas atividades um salvador. Têm de constantemente olhar a Jesus, a fim de que reconheçam que é Seu poder o que faz a obra, e sejam assim habilitados a imputarem a Deus toda a glória. Seremos chamados a fazer os mais decididos esforços para estender a obra de Deus, e a oração ao nosso Pai celestial será muitíssimo necessária. Será preciso empenhar-se em oração secreta, em família e na igreja. -- The Review and Herald, 4 de Julho de 1893. SC 75 1 Na opinião dos rabinos, o mais alto grau da religião mostrava-se por contínua e ruidosa atividade. Dependiam de alguma prática exterior para mostrar sua superior piedade. Separavam assim sua alma de Deus, apoiando-se em presunção. O mesmo perigo existe ainda hoje. À medida que aumenta a atividade, e os homens são bem-sucedidos em realizar alguma obra para Deus, há risco de confiar em planos e métodos humanos. Vem a tendência de orar menos e ter menos fé. Como os discípulos, arriscamo-nos a perder de vista nossa dependência de Deus, e buscar fazer de nossa atividade um salvador. Necessitamos olhar continuamente a Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Conquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, cumpre-nos também consagrar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus. Unicamente o trabalho realizado com muita oração e santificado pelos méritos de Cristo, demonstrar-se-á afinal haver sido eficaz. -- O Desejado de Todas as Nações, 362. SC 75 2 Incentivo aos que se iniciam no serviço cristão -- Os mais bem-sucedidos obreiros, são aqueles que empreendem de bom ânimo a obra de servir a Deus nas coisas pequenas. Toda criatura humana tem de trabalhar com o fio de sua vida, tecendo-o na trama, a fim de ajudar a concluir o modelo. -- Testemunhos Seletos 2:402. SC 75 3 Cumpre-nos fazer de nossos deveres diários, atos de devoção, crescendo constantemente em utilidade, pois vemos nosso trabalho à luz da eternidade. -- Testimonies for the Church 9:150. SC 75 4 O Senhor tem em Seu grande plano um lugar para cada um. Não se concedem talentos que não sejam necessários. -- Testemunhos Seletos 3:303. SC 75 5 Todos têm seu lugar no plano eterno do Céu. Todos devem colaborar com Cristo para a salvação de almas. Tão certo como nos está preparado um lugar nas mansões celestes, há também um lugar designado aqui na Terra, onde devemos trabalhar para Deus. -- Parábolas de Jesus, 326, 327. SC 75 6 Os olhos do Senhor fixam-se em cada um dos membros de Seu povo; Ele tem um plano para cada um. -- Testemunhos Seletos 2:367. SC 75 7 Todos podem fazer alguma coisa na obra. Ninguém será declarado sem culpa perante Deus, a menos que tenha trabalhado fervorosa e altruisticamente pela salvação de almas. -- Testimonies for the Church 5:395. SC 76 1 Vosso dever não pode ser passado a outro. Ninguém senão vós mesmos pode realizar vossa obra. Caso retenhais a luz que tendes, alguém deve ser deixado em trevas por causa de vossa negligência. -- Testemunhos Seletos 2:165. SC 76 2 O obreiro humilde, que obedientemente responde ao apelo de Deus, pode estar certo de que receberá a assistência divina. Aceitar responsabilidade tão grande e sagrada, por si só eleva o caráter. Estimula à atividade as mais elevadas forças mentais e espirituais, e fortalece e purifica a mente e o coração. Pela fé no poder de Deus é maravilhoso quão forte se torna um homem débil, quão decididos seus esforços, quão fecundos de grandes resultados. Quem principia com pouco conhecimento, e de modo humilde fala o que sabe, ao passo que procura diligentemente mais sabedoria, achará todo o tesouro celestial aguardando seu pedido. Quanto mais procurar comunicar luz, tanto mais luz receberá. Quanto mais alguém experimentar explicar a Palavra de Deus a outros, com amor, tanto mais clara ela para ele se tornará. Quanto mais usarmos nosso conhecimento e exercitarmos nossas faculdades, tanto maior conhecimento e capacidade teremos. -- Parábolas de Jesus, 354. SC 76 3 Trabalhe cada um para Deus e pelas almas; mostre cada um sabedoria e não seja nunca encontrado em ociosidade, esperando que alguém o ponha a trabalhar. O "alguém" que vos poderia fazer isto, está demasiado assoberbado de responsabilidades, e perde-se o tempo esperando suas orientações. Deus vos dará sabedoria para uma reforma imediata; pois o chamado ainda continua: "Filho, vai trabalhar hoje na Minha vinha". Mateus 21:28. "Se ouvirdes hoje a Sua voz, não endureçais os vossos corações". Hebreus 3:7, 8. O Senhor inicia o pedido com a acariciadora expressão "filho". Quão terno, quão compassivo, e todavia, por outro lado, quão urgente! Seu convite é também uma ordem. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 419. SC 76 4 A fortaleza para resistir ao mal é melhor obtida pelo trabalho intenso. -- Atos dos Apóstolos, 105. SC 76 5 Todo ato, toda ação de justiça, misericórdia e beneficência, produz música no Céu. -- The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 76 6 O espírito de Cristo é espírito missionário. O primeiro impulso do coração regenerado é levar outros também ao Salvador. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 70. SC 76 7 O único meio de crescer em graça é achar-se interessado em fazer exatamente a obra que Cristo nos ordenou fazer. -- The Review and Herald, 7 de Junho de 1887. SC 76 8 Não deveis esperar grandes ocasiões ou habilitações extraordinárias para então trabalhardes por Deus. -- Conflict and Courage, 83. SC 76 9 O homem que se torna uma bênção aos outros, e torna sua vida um sucesso é aquele que, seja ou não instruído, emprega todas as suas faculdades no serviço de Deus e de seus semelhantes. -- The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 76 10 Muitos a quem Deus capacitou para fazer trabalho excelente, pouco conseguem, porque pouco empreendem. -- Parábolas de Jesus, 331. SC 76 11 Se fracassardes noventa e nove vezes em cada cem, mas fordes bem-sucedidos em salvar da ruína uma única alma, realizastes um nobre feito pela causa do Mestre. -- Testimonies for the Church 4:132. SC 77 1 As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho. -- Conflict and Courage, 100. SC 77 2 O Senhor vos vê e compreende, e se oferecerdes o vosso talento como dom consagrado para o Seu serviço, vos usará, a despeito da vossa fraqueza; porque no serviço ativo e desinteressado, os fracos fortalecer-se-ão e desfrutarão o Seu precioso louvor. A exaltação do Senhor é um elemento de confiança. Se fordes fiéis, a paz que excede todo o entendimento será a vossa recompensa nesta vida e, na futura, participareis da alegria do vosso Senhor. -- Testemunhos Seletos 3:219, 220. SC 77 3 Pessoas de pouco talento, se forem fiéis em guardar o coração no amor de Deus, podem ganhar muitas almas para Cristo. Harlan Page era um pobre mecânico de habilidade comum e educação limitada; mas tornou sua ocupação principal procurar promover a causa de Deus, e seus esforços foram coroados de notável êxito. Trabalhou pela salvação dos semelhantes, em conversas particulares e em fervorosa oração. Instituiu reuniões de oração, organizou escolas dominicais e distribuiu folhetos e outras leituras religiosas. E em seu leito de morte, repousando já sobre seu semblante a sombra da eternidade, pôde dizer: "Sei que tudo é pela graça de Deus, e não por qualquer mérito de qualquer coisa que eu tenha feito; mas creio que tenho evidência de que mais de cem almas foram convertidas a Deus por meu intermédio". -- Testimonies for the Church 5:307, 308. SC 77 4 Este mundo não é o Céu do cristão, mas simplesmente a oficina de Deus, onde devemos habilitar-nos para nos unir a anjos sem pecado, num Céu santo. -- Testimonies for the Church 2:187. SC 77 5 Os mais humildes e mais pobres dentre os discípulos de Jesus, podem ser uma bênção aos outros. Talvez não tenham consciência de estar produzindo algum bem especial, mas por sua inconsciente influência poderão dar origem a ondas de bênçãos que irão se alargando e aprofundando, mesmo que nunca venham a saber dos benditos resultados, a não ser no dia da recompensa final. Não percebem nem sabem que estão realizando um grande bem. Não se pede deles que se preocupem acerca do sucesso. O que têm que fazer é simplesmente prosseguir tranqüilos, realizando fielmente a obra que a providência de Deus lhes designa, e sua vida não será em vão. Seu próprio ser irá se desenvolver cada vez mais à semelhança de Cristo; tornam-se mensageiros de Deus nesta vida, e desse modo estão se habilitando para a obra mais elevada e a felicidade verdadeira da vida por vir. -- Conflict and Courage, 83. SC 77 6 Muitos há que se entregaram a Cristo, todavia não vêem oportunidade de realizar grande obra ou fazer grandes sacrifícios em Seu serviço. Estes podem achar conforto no pensamento de que não é necessariamente a abnegação do mártir que é mais aceitável a Deus; pode ser que o missionário que enfrente diariamente o perigo e a morte, não tome a mais elevada posição nos registros do Céu. O cristão que o é em sua vida privada, na renúncia diária do eu, na sinceridade de propósito e pureza de pensamento, em mansidão sob provocação, em fé e piedade, em fidelidade nas coisas mínimas, que na vida familiar representa o caráter de Cristo, esse pode ser mais precioso aos olhos de Deus que o missionário ou mártir de fama mundial. -- Parábolas de Jesus, 403. SC 78 1 Não a soma do trabalho que executamos, nem seus resultados visíveis, mas o espírito com que o fazemos, é que o torna valioso para Deus. -- Parábolas de Jesus, 397. SC 78 2 A aprovação do Senhor é dada, não por causa da grandeza da obra efetuada, ou por terem sido alcançadas muitas coisas, mas por causa da fidelidade mesmo em poucas coisas. Não são os grandes resultados que obtemos, mas os motivos que nos levam à ação, o que pesa à vista de Deus. Ele preza a bondade e a fidelidade mais do que a grandeza da obra realizada. -- Testimonies for the Church 2:510, 511. SC 78 3 Não passeis por alto as coisas pequenas, esperando por uma grande obra. Podeis fazer com êxito a obra pequena mas falhar completamente ao tentar uma obra maior, e cair em desânimo. Lançai mão de qualquer obra que virdes ser necessária. Quer sejais rico quer pobre, grande ou humilde, Deus vos chama para efetuar um serviço ativo para Ele. Será fazendo com todas as vossas forças o que vos vier às mãos, que desenvolvereis talento e aptidões para a obra. E é negligenciando vossas oportunidades diárias que vos tornais infrutíferos e áridos. É esta a razão por que há tantas árvores estéreis no jardim do Senhor. -- Testemunhos Seletos 3:348. SC 78 4 O Senhor deseja que utilizemos todos os dons que possuímos; e se assim fizermos teremos maiores dons para empregar. Não nos concede de maneira sobrenatural as qualidades de que carecemos, mas ao utilizarmos a que temos, trabalhará conosco, tonificando e fortalecendo cada faculdade. Por todo sacrifício sincero e cordial no serviço do Mestre, nossas faculdades aumentarão. -- Parábolas de Jesus, 353, 354. SC 78 5 O coração de Cristo é confortado pela visão daqueles que são pobres em todo o sentido da palavra; confortado por Sua visão daqueles que são maltratados, mas que são mansos; alegrado pelos aparentemente insatisfeitos e famintos pela justiça, pela incapacidade de muitos para começarem. Ele olha com agrado, por assim dizer, o mesmo estado de coisas que desanimaria a muitos ministros. -- Obreiros Evangélicos, 37. SC 78 6 Não precisamos ir aos países pagãos, nem mesmo deixar o estreito âmbito de nosso lar, se é ali que está nosso dever, a fim de trabalhar para Cristo. Podemos fazê-lo no lar da família, na igreja, entre os nossos amigos e com quem entretemos relações comerciais. -- Conflict and Courage, 81. SC 78 7 Se fizermos da vida e ensinos de Cristo nosso estudo, cada acontecimento que se desenrola fornecerá um texto para um impressivo discurso. -- Testemunhos Seletos 3:313. SC 79 1 A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. -- Educação, 307. SC 79 2 Os que rejeitam o privilégio da associação com Cristo no serviço cristão, rejeitam o único ensino que lhes dá habilitação para participar com Ele de Sua glória. Rejeitam o ensino que nesta vida concede força e nobreza de caráter. -- Educação, 264. SC 79 3 Ninguém suponha que possa viver vida de egoísmo, e então, tendo servido aos próprios interesses, obter a recompensa do Senhor. Não puderam participar da alegria de um amor desinteressado. Não se adaptariam às cortes celestes. Não poderiam apreciar a pura atmosfera de amor que impregna o Céu. As vozes dos anjos e a música de suas harpas não lhes agradariam. Para sua mente a ciência do Céu seria um enigma. -- Parábolas de Jesus, 364, 365. SC 79 4 Cristo nos pede que trabalhemos paciente e perseverantemente pelos milhares que estão a perecer em seus pecados, espalhados por todas as terras, como náufragos em praia deserta. Os que participam da glória de Cristo devem também partilhar de Seu ministério, ajudando o fraco, o infeliz e o desalentado. -- Testemunhos Seletos 3:299. SC 79 5 O povo comum deve ocupar seus lugares como obreiros. Compartilhando as dores de seus semelhantes da mesma maneira que o Salvador participou das da humanidade, vê-Lo-ão, pela fé, trabalhando juntamente com eles. -- Testimonies for the Church 7:272. SC 79 6 Cristo pousa para ser retratado em cada discípulo. A todos predestinou Deus para serem "conformes à imagem de Seu Filho". Romanos 8:29. Em cada um se tem de manifestar ao mundo o longânimo amor de Cristo, Sua santidade, mansidão, misericórdia e verdade. -- O Desejado de Todas as Nações, 827. SC 79 7 O chamado para depor tudo no altar do serviço vem a cada um. Não nos é pedido que sirvamos como Eliseu serviu, nem que vendamos tudo que possuímos; mas Deus nos pede que demos ao Seu serviço o primeiro lugar em nossa vida, e não permitamos se passe um só dia sem que façamos alguma coisa para avançar Sua obra na Terra. Ele não espera de todos a mesma espécie de serviço. Um pode ser chamado a servir em terras estrangeiras; outro pode ser chamado a dar de seus meios para o sustento do evangelho. Deus aceita a oferta de cada um. É a consagração da vida e de todos os seus interesses que é necessário. Os que fazem essa consagração, ouvirão e obedecerão ao chamado do Céu. -- Profetas e Reis, 221. SC 79 8 O sábio segundo o mundo, que medita e planeja, e cuja ocupação está sempre em sua mente, deve procurar tornar-se sábio em assuntos de interesse eterno. Se empregasse tanta energia em conseguir os tesouros celestiais e a vida que se mede pela vida de Deus como o faz para conseguir o ganho do mundo, que não realizaria ele? -- Testimonies for the Church 6:297. SC 79 9 Deus induzirá homens de posição humilde a proclamar a mensagem da presente verdade. Ver-se-ão muitos destes correndo para cá e para lá, constrangidos pelo Espírito de Deus a levar a luz aos que estão em trevas. A verdade é como um fogo a arder-lhes nos ossos, enchendo-os de um fervoroso desejo de iluminar aqueles que se assentam na escuridão. Muitos, mesmo entre os iletrados, proclamarão a Palavra do Senhor. Crianças serão impelidas pelo Espírito Santo a sair e anunciar a mensagem do Céu. O Espírito será derramado sobre aqueles que se submeterem a Suas incitações. Sacudindo os antiquados regulamentos e movimentos cautelosos dos homens, unir-se-ão ao exército do Senhor. -- Testimonies for the Church 7:26, 27. SC 80 1 A paisagem da vida cristã -- O coração que recebe a Palavra de Deus não é como uma lagoa que evapora, nem como uma cisterna rota que perde o tesouro que encerra. É qual ribeiro da montanha, alimentada por fontes inexauríveis, cujas águas frescas e reluzentes saltam de rocha em rocha, refrigerando os cansados, os sedentos, os oprimidos. É como um rio fluindo constantemente, e à medida que avança, se torna mais profundo e mais largo, até que suas vitalizantes águas se espalham sobre toda a terra. A corrente que segue seu caminho cantando, deixa após si sua dádiva de verdor e fertilidade. A relva de suas ribanceiras é de um verde mais vivo, as árvores têm um colorido mais rico, são mais abundantes as flores. Quando a terra jaz estéril e calcinada sob o calor abrasador do verão, um cordão verde assinala o curso do rio. SC 80 2 Assim é com o verdadeiro filho de Deus. A religião de Cristo revela-se como um princípio vitalizante e dominante, uma energia espiritual operante e viva. Quando o coração é aberto à influência celestial da verdade e do amor, esses princípios fluirão de novo como torrentes no deserto, fazendo que apareçam frutos onde agora há esterilidade e penúria. -- Profetas e Reis, 234. SC 80 3 As senhas do cristão -- Há três palavras-senhas na vida cristã, as quais precisam ser atendidas, se não queremos que Satanás venha furtivamente sobre nós; ei-las: Vigiar, Orar e Trabalhar. -- Testemunhos Seletos 1:251. SC 80 4 Toda pessoa que fez profissão de Cristo, comprometeu-se a ser tudo quanto lhe seja possível ser como um obreiro espiritual, a ser ativo, zeloso e eficiente no serviço de seu Mestre. Cristo espera que cada homem cumpra seu dever; seja esta a senha em todas as fileiras de Seus seguidores. -- Testemunhos Seletos 2:161. SC 80 5 Um paralítico espiritual -- A força se adquire mediante o exercício. Todos os que empregam a capacidade que Deus lhes deu, terão maior capacidade para devotar a Seu serviço. Aqueles que nada fazem na causa de Deus, deixarão de crescer na graça e no conhecimento da verdade. Um homem que jazesse deitado, recusando-se a usar os membros, perderia dentro em pouco toda a faculdade de empregá-los. Da mesma maneira o cristão que não exercita as faculdades que Deus lhe deu, não somente deixa de crescer em Cristo, mas perde as forças que já possuía; torna-se um paralítico espiritual. São aqueles que, em amor para com Deus e seus semelhantes, se estão esforçando para auxiliar outros, os que ficam estabelecidos, fortalecidos, e firmes na verdade. O verdadeiro cristão não trabalha para Deus por impulso, mas por princípio; não por um dia ou um mês, mas por toda a vida. -- Obreiros Evangélicos, 84. SC 81 1 O remédio infalível -- Para o desalentado há um seguro remédio -- fé, oração e trabalho. Fé e atividade proverão segurança e satisfação que hão de aumentar dia após dia. Estais tentados a dar guarida a sentimentos de ansiedade ou acérrimo desânimo? Nos dias mais negros, quando as aparências parecem mais agressivas, não temais. Tende fé em Deus. Ele conhece vossas necessidades; possui todo o poder. Seu infinito amor e compaixão são incansáveis. Não temais que Ele deixe de cumprir Sua promessa. Ele é eterna verdade. Jamais mudará o concerto que fez com os que O amam. E concederá a Seus fiéis servos a medida de eficiência que suas necessidades requerem. -- Profetas e Reis, 164, 165. SC 81 2 Não há senão um remédio verdadeiro para a indolência espiritual, e esse é trabalhar -- trabalhar pelas almas que necessitam de vosso auxílio. -- Testimonies for the Church 4:236. SC 81 3 Eis a receita prescrita por Cristo para a alma desfalecida, duvidosa, tremente. Que os tristes, que andam lamentosamente na presença de Deus, levantem-se e ajudem alguém que está em necessidade. -- Testemunhos Seletos 2:504. SC 81 4 Os cristãos, cujo zelo, fervor e amor crescem constantemente, não apostatam nunca. -- The Review and Herald, 7 de Junho de 1887. SC 81 5 São aqueles que não se acham empenhados nessa obra desinteressada os que se acham numa condição enferma, e chegam a esgotar-se com lutas, dúvidas, murmurações, pecados e arrependimentos, até perderem toda a consciência do que seja a verdadeira religião. Reconhecem que não podem volver ao mundo, e assim penduram-se às extremidades de Sião, tendo ciúmes mesquinhos, invejas, decepções e remorsos. Estão cheios de espírito de crítica, e alimentam-se das faltas e erros de seus irmãos. Têm apenas uma vida religiosa despida de esperança, de fé, de sol. -- The Review and Herald, 2 de Setembro de 1890. SC 81 6 Desculpas infundadas -- Jesus, ao partir, deixou a cada qual a sua obra, e "não ter o que fazer" é desculpa infundada. "Não ter o que fazer" é a razão de dificuldades entre irmãos; pois Satanás encherá a mente dos ociosos com seus próprios planos, e pô-los-á a trabalhar. [...] "Nada que fazer" acarreta mau testemunho contra os irmãos, e dissensões na igreja de Cristo. Diz Jesus: "Quem comigo não ajunta espalha". Mateus 12:30. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 81 7 Irmãos e irmãs, muitos de vós vos desculpais do trabalho sob pretexto de incapacidade para trabalhar por outros. Mas acaso vos fez Deus assim incapazes? Não foi essa incapacidade produzida por vossa própria inatividade, e perpetuada por vossa própria e deliberada escolha? Não vos deu Deus pelo menos um talento a multiplicar, não para vosso próprio proveito e satisfação, mas para Ele? Tendes vós compreendido a obrigação que sobre vós pesa, como servos assalariados Seus, de trazer-Lhe os juros pelo sábio e hábil emprego desse capital a vós confiado? Não tendes perdido oportunidades de desenvolver vossas faculdades para esse fim? É demasiado verdadeiro que poucos são os que têm experimentado um real sentimento de sua responsabilidade para com Deus. -- Testemunhos Seletos 2:158. SC 82 1 Muitos têm a idéia de que, se sua vida é ativa, cheia de negócios, nada podem fazer em prol da salvação de almas, nada para levar avante a causa de seu Redentor. Dizem que não podem fazer coisa alguma pela metade, e portanto afastam-se dos deveres e práticas religiosos, e enterram-se no mundo. Colocam seus negócios em primeiro lugar, e esquecem a Deus, e Ele Se desgosta deles. Se alguém se acha empregado em qualquer coisa que lhe não permite progredir na vida espiritual e aperfeiçoar-se em santidade no temor de Deus, deve mudar para uma ocupação na qual possa ter Jesus consigo a toda a hora. -- Testimonies for the Church 2:233, 234. SC 82 2 Coroa repleta de estrelas -- Não nos devemos tornar cansados ou de coração desfalecido. Perda terrível seria permutarmos a glória eterna pela comodidade, conveniência e prazer, ou por condescendências carnais. Uma dádiva das mãos de Deus aguarda ao vencedor. Nenhum de nós a merece; é gratuita de Sua parte. Maravilhosa e gloriosa será essa dádiva, mas lembremo-nos de que "uma estrela difere em glória doutra estrela". Mas, visto como somos instados a lutar pela vitória, tenhamos, com a força de Jesus, o alvo de alcançar a coroa repleta de estrelas. "Os entendidos pois resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente". Daniel 12:3. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 82 3 O serviço foi pago -- Em Sua vinda, o Senhor examinará cada talento e exigirá os juros do capital que nos confiou. Por Sua própria humilhação e agonia; por Sua vida de trabalho e morte ignominiosa, Jesus pagou já os serviços de todos quantos se chamam pelo Seu nome e professam ser servos Seus. Cada qual tem o dever solene de aperfeiçoar todas as suas faculdades para a obra de ganhar almas para Ele. "Não sois de vós mesmos", diz Ele, "porque fostes comprados por bom preço"; portanto glorificai a Deus por meio de uma vida de serviço que arrebatará homens e mulheres do pecado para a justiça. 1 Coríntios 6:19, 20. Fomos comprados pelo preço da própria vida de Cristo -- comprados para que, mediante serviço fiel, devolvamos a Deus o que Lhe pertence. -- Testemunhos Seletos 3:338, 339. SC 83 1 Deus me deu uma mensagem para Seu povo. Eles têm de despertar, alargar as suas tendas, dilatar suas fronteiras. Meus irmãos, minhas irmãs, fostes comprados por preço, e tudo quanto possuís e sois, deve ser empregado para a glória de Deus, e para o bem de vossos semelhantes. Cristo morreu na cruz para salvar o mundo de perecer no pecado. Ele pede vossa cooperação nesta obra. Deveis servir-Lhe de mão ajudadora. Com um esforço sincero e infatigável, deveis buscar salvar os perdidos. Lembrai-vos de que foram vossos pecados que tornaram necessária a cruz. -- Testimonies for the Church 7:9. SC 83 2 Os seguidores de Cristo foram redimidos para servir. Nosso Senhor ensina que o verdadeiro objetivo da vida é servir. Cristo mesmo foi obreiro, e dá a todos os Seus seguidores a lei do serviço -- o serviço a Deus e ao próximo. [...] A lei de servir torna-se o vínculo que nos liga a Deus e a nosso semelhante. -- Parábolas de Jesus, 326. SC 83 3 Avançar -- Muitas vezes a vida cristã é assediada de perigos, e o dever parece difícil de se cumprir. A imaginação pinta uma iminente ruína diante de nós, e atrás, servidão e morte. Todavia a voz de Deus nos diz claramente: Avante! Obedeçamos à ordem, mesmo que nossos olhos não possam penetrar as trevas. Os obstáculos que nos impedem o progresso jamais desaparecerão diante de um espírito vacilante, duvidoso. Aqueles que adiam a obediência para quando desaparecerem as incertezas, e não houver mais riscos de fracasso ou derrota, nunca virão a obedecer. A fé olha para lá das dificuldades, e lança mão do invisível, da própria Onipotência; portanto não pode ser iludida. Ter fé é apoderar-se da mão de Cristo em todas as emergências. -- Obreiros Evangélicos, 262. SC 83 4 Nossas idéias são demasiado limitadas. Deus pede um contínuo progresso na difusão da luz. Devemos estudar métodos e meios de nos aproximar do povo. Precisamos ouvir com ouvidos de fé o poderoso Capitão dos exércitos do Senhor dizendo: "Avançai." Temos de agir, e Deus não nos faltará. Ele fará Sua parte quando nós, com fé, fizermos a nossa. Irmãos e irmãs que tendes estado com a verdade desde há muito, não tendes feito a obra para a qual o Senhor vos chamou. Onde está vosso amor pelas almas? -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 289, 290. SC 83 5 A alegria de Cristo residia em salvar almas. Que isso seja vossa obra e alegria. Cumpri todos os deveres e fazei todos os sacrifícios por amor de Cristo, e Ele vos será ajudador constante. Marchai direto avante, onde vos chama a voz do dever; não permitais que aparentes dificuldades vos impeçam. Assumi as responsabilidades que vos são dadas por Deus, e ao conduzirdes vossos fardos, por vezes pesados, não pergunteis: "Por que meu irmão permanece ocioso, sem que nenhum jugo lhe seja imposto?" cumpri o dever que se acha mais próximo de vós, e cumpri-o inteiramente e bem, sem ambicionar louvores, mas trabalhando para o Mestre porque Lhe pertenceis. -- The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 84 1 O rumo do povo de Deus deve ser para cima e para a frente, para a vitória. Alguém maior que Josué está dirigindo os exércitos de Israel. Há alguém em nosso meio, o próprio Capitão de nossa salvação, que disse, para nosso encorajamento: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos". Mateus 28:20. "Tende bom ânimo, Eu venci o mundo". João 16:33. Ele nos levará à vitória certa. O que Deus promete, é capaz de executar a qualquer tempo. E a obra que Ele confia ao Seu povo, é bem capaz de por meio deles realizar. -- Testimonies for the Church 2:122. SC 84 2 Por que não nos tornamos entusiasmados com o Espírito de Cristo? Por que somos tão pouco movidos pelos lastimosos clamores de um mundo a sofrer? Tomamos na devida consideração nosso exaltado privilégio de acrescentar uma estrela à coroa de Cristo -- uma alma liberta das cadeias com as quais Satanás a ligou, alma salva no reino de Deus? A igreja tem de reconhecer sua obrigação de levar a toda criatura o evangelho da verdade presente. Insto convosco para lerdes o terceiro e quarto capítulos de Zacarias. Se esses capítulos forem compreendidos, se forem recebidos, será feita uma obra em favor dos que estão famintos e sedentos de justiça, uma obra que para a igreja representa: "Avançai para a frente e para cima". -- Testimonies for the Church 6:296. SC 84 3 A grande maioria dos habitantes da Terra se tem aliado com o inimigo. Mas não temos sido enganados. Não obstante a aparente vitória de Satanás, Cristo está levando avante Sua obra no santuário celeste e na Terra. A Palavra de Deus delineia a impiedade e a corrupção que haveria nos últimos dias. Ao vermos o cumprimento da profecia, nossa fé na vitória final do reino de Cristo se deve robustecer; e devemos sair com redobrado ânimo, para fazer a obra que nos é designada. -- Obreiros Evangélicos, 26, 27. SC 84 4 Cena impressionante -- Nas visões da noite passou diante de mim uma cena muito impressiva. Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: "Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros, com acento de voz agonizante, diziam: "Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos." Por toda parte ouvi pronunciarem-se semelhantes palavras de acusação. SC 84 5 Acordei muito aflita. Adormeci de novo, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa-múndi. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem que ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, esta deveria refleti-la sobre outras. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. SC 84 6 Foram repetidas as palavras: "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus". Mateus 5:13-16. SC 85 1 Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida, e em resultado se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo o mundo. -- Testemunhos Seletos 3:296, 297. ------------------------Capítulo 10 -- Métodos SC 86 1 De casa em casa -- De importância igual às conferências públicas especiais é o trabalho de casa em casa, nos lares do povo. Em cidades grandes há certas classes que não podem ser alcançadas pelas reuniões públicas. Essas têm de ser procuradas como o pastor procura a ovelha perdida. Tem que ser feito, em seu favor, diligente esforço pessoal. Sendo negligenciado o trabalho pessoal, perdem-se muitas preciosas oportunidades que, se fossem aproveitadas, fariam avançar decididamente a obra. -- Testimonies for the Church 9:111. SC 86 2 Necessitam-se atos de simpatia, assim como palavras. Cristo fazia preceder a pregação de Sua mensagem por atos de amor e beneficência. Vão esses obreiros de casa em casa, ajudando onde for necessário o auxílio e, à medida que se lhes ofereça oportunidade, contando a história da cruz. Cristo deve ser o seu texto. Não precisam insistir em assuntos doutrinários; falem da obra e sacrifício de Cristo. Exaltem Sua justiça, revelando em sua vida a Sua pureza. -- Testimonies for the Church 7:228. SC 86 3 Deus não faz acepção de pessoas. Servir-Se-á Ele de cristãos humildes e dedicados, mesmo que não tenham recebido instrução tão completa quanto alguns outros. Empenhem-se em serviço para Deus, fazendo trabalho de casa em casa. Assentados na intimidade do lar poderão -- se forem humildes, discretos e piedosos -- fazer mais para satisfazer as reais necessidades das famílias, do que o faria um ministro ordenado. -- Testemunhos Seletos 3:84. SC 86 4 Entre os membros de nossas igrejas deve haver mais trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e distribuindo literatura. -- Testemunhos Seletos 3:345, 346. SC 86 5 Aqueles que se empenham em trabalho de casa em casa encontrarão oportunidades para servir em muitos ramos. Devem orar pelos doentes e fazer tudo que estiver ao seu alcance para os aliviar de sofrimentos. Devem trabalhar entre os humildes, os pobres e oprimidos. Devemos orar pelos desamparados que não têm força de vontade para dominar os apetites que a paixão tem degradado, e orar com eles também. Um esforço sincero e perseverante tem que ser feito em prol da salvação daqueles em cujo coração se despertou algum interesse. Muitas pessoas só podem ser alcançadas mediante atos de desinteressada bondade. É mister socorrer primeiramente suas necessidades materiais. Ao verem evidências de nosso desinteressado amor, é-lhes mais fácil crer no amor de Cristo. -- Testimonies for the Church 6:83, 84. SC 86 6 Que os obreiros vão de casa em casa, abrindo a Bíblia ao povo, disseminando nossa literatura, falando a outros da luz que lhes trouxe bênção a sua própria alma. -- Obreiros Evangélicos, 353. SC 87 1 Nosso Salvador ia de casa em casa, curando os enfermos, confortando os tristes, consolando os aflitos, e dirigindo palavras de paz aos abatidos. Ele tomava as criancinhas nos braços, e as abençoava e dirigia palavras de esperança e conforto às mães cansadas. Com infatigável ternura e suavidade Se aproximava de todas as formas de infortúnio e aflição humanos. Não em Seu próprio proveito, mas no dos outros, Ele trabalhava. Era o servo de todos. Sua comida e bebida era levar esperança e forças a todos com quem chegava em contato. -- Obreiros Evangélicos, 188. SC 87 2 A apresentação da verdade, com amor e simplicidade, de casa em casa, está em harmonia com a instrução que Cristo deu a Seus discípulos quando os enviou em sua primeira viagem missionária. Mediante hinos de louvor, orações humildes e fervorosas, muitos serão alcançados. O divino Obreiro estará presente para comunicar convicção aos corações. "Estou convosco todos os dias" (Mateus 28:20), é Sua promessa. Com a garantia da constante presença de tal ajudador, podemos trabalhar com fé, esperança, e bom ânimo. -- O Colportor Evangelista, 83. SC 87 3 Necessitam-se de homens que trabalhem de casa em casa. O Senhor requer que se façam decididos esforços nos lugares em que o povo nada sabe das verdades bíblicas. Cantar, orar e ler a Bíblia nas casas do povo, é coisa necessária. Nossos dias são exatamente o tempo em que se deve obedecer à comissão: "Ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado". Mateus 28:20. Os que fazem essa obra devem ser versados nas Escrituras. "Está escrito" (Mateus 4:6), deve ser sua arma de defesa. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 540. SC 87 4 Irmãos e irmãs, visitai aqueles que residem próximo de vós, e com simpatia e bondade procurai cativar-lhes o coração. Cuidai bem de trabalhar de tal maneira que desvaneçais os preconceitos, em lugar de criá-los. E lembrai-vos de que aqueles que conhecem a verdade para o momento presente, e ainda limitam seus esforços a sua própria igreja, recusando-se a trabalhar por seus vizinhos ainda não convertidos, serão chamados a prestar contas por deveres não cumpridos. -- Testimonies for the Church 9:34, 35. SC 87 5 Nessa primeira viagem, os discípulos só deviam ir aos lugares em que Jesus já estivera antes, e onde fizera amigos. Seus preparativos de viagem deviam ser os mais simples. Não deviam permitir que coisa alguma lhes distraísse o espírito de sua grande obra, nem de maneira nenhuma despertar oposição e fechar a porta a trabalho posterior. Não deviam adotar o vestuário dos mestres religiosos, nem usar no traje coisa alguma que os houvesse de distinguir dos humildes camponeses. Não lhes convinha entrar nas sinagogas e convocar o povo para serviço público; seu esforço devia-se desenvolver no trabalho feito de casa em casa. Não deviam perder tempo em inúteis saudações, nem indo de casa em casa se hospedar. Mas convinha que aceitassem em todo o lugar a hospitalidade dos que eram dignos, os que os receberiam de coração, como hospedando ao próprio Cristo. Cumpria-lhes entrar na morada com a bela saudação: "Paz seja nesta casa". Lucas 10:5. Essa casa seria abençoada por suas orações, seus hinos de louvor, e o estudo das Escrituras no círculo familiar. -- O Desejado de Todas as Nações, 351, 352. SC 88 1 Visitai vossos vizinhos numa maneira amigável, e relacionai-vos com eles. [...] Aqueles que não empreendem esta obra, que procedem com a indiferença que alguns têm manifestado, depressa perderão seu primeiro amor, e começarão a censurar, a criticar e a condenar seus próprios irmãos. -- The Review and Herald, 13 de Maio de 1902. SC 88 2 Os esforços do apóstolo não estavam restringidos à pregação pública; muitos havia que não poderiam ser alcançados desta maneira. Ele despendeu muito tempo no trabalho de casa em casa, prevalecendo-se assim das relações familiares do círculo doméstico. Visitava os enfermos e tristes, confortava os aflitos, animava os oprimidos. Em tudo o que dizia e fazia engrandecia o nome de Jesus. Trabalhava assim "em fraqueza, e em temor, e em grande tremor". 1 Coríntios 2:3. Ele tremia ao pensamento de que seus ensinos pudessem revelar mais o humano que o divino. -- Atos dos Apóstolos, 250. SC 88 3 Visitai um por um os vossos vizinhos, e aproximai-vos deles até que seu coração se aqueça ao calor de vosso desprendido interesse e amor. Simpatizai com eles, orai com eles, espreitai as oportunidades de os beneficiar e, segundo vos for possível, reuni alguns deles e abri a Palavra de Deus perante sua mente em trevas. Continuai cuidando deles como quem tem de dar contas pelas almas das pessoas, e aproveitai o máximo possível os privilégios que Deus vos dá de cooperardes com Ele em Sua vinha moral. Não negligencieis as oportunidades de falar com vossos vizinhos, e de lhes fazer todo o bem que estiver ao vosso alcance, para "por todos os meios" (1 Coríntios 9:22) poderdes salvar alguns. Precisamos buscar o espírito que constrangia o apóstolo Paulo a ir de casa em casa insistindo com lágrimas, e ensinando "a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo". Atos dos Apóstolos 20:21. -- The Review and Herald, 3 Março de 1888. SC 88 4 O Senhor me apresentou a obra que tem que ser feita em nossas cidades. Os crentes aí devem trabalhar para Deus nas vizinhanças de sua casa. Devem fazê-lo quieta e humildemente, levando consigo, aonde quer que forem, a atmosfera do Céu. -- Testemunhos Seletos 3:346. SC 88 5 Auditório de uma só alma -- A obra de Cristo compôs-se em grande parte de conversas individuais. Ele tinha em grande apreço o auditório constituído de uma única alma. Daquela alma, saía para milhares o conhecimento recebido. -- Testemunhos Seletos 2:402. SC 88 6 Achava-Se desfalecido e fatigado; não negligenciou, no entanto, a oportunidade de falar a uma única mulher, conquanto fosse uma estranha, inimiga de Israel, e vivendo abertamente em pecado. SC 89 1 O Salvador não esperava que se reunissem congregações. Começava muitas vezes Suas lições tendo apenas poucas pessoas em volta de Si; mas, um a um, os transeuntes paravam para escutar, até que uma multidão, maravilhada, e respeitosa ficava a ouvir as palavras de Deus através do Mestre, enviado do Céu. O obreiro de Cristo não deve julgar que não pode falar a poucos ouvintes com o mesmo fervor com que o faz a um maior auditório. Poderá haver uma única pessoa a escutar a mensagem; quem poderá, entretanto, dizer até onde se estenderá sua influência? Pouca importância, mesmo para os discípulos, parecia ter essa mulher de Samaria, para o Salvador gastar com ela Seu tempo. Ele, porém, raciocinou mais fervorosa e eloqüentemente com ela, do que com reis, conselheiros ou sumos sacerdotes. As lições por Ele dadas àquela mulher têm sido repetidas até aos mais afastados recantos do mundo. -- O Desejado de Todas as Nações, 194, 195. SC 89 2 Íntimo contato pessoal -- É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. -- A Ciência do Bom Viver, 143. SC 89 3 O Senhor deseja que Sua palavra de misericórdia seja levada a toda alma. Isto deve ser executado em alto grau pelo serviço pessoal. Era o método de Cristo. -- Parábolas de Jesus, 229. SC 89 4 Os que mais êxito têm tido em atrair almas, foram homens e mulheres que não se orgulhavam de suas habilidades, mas, em humildade e fé, buscaram ajudar os que estavam ao redor de si. Jesus fez esta mesma obra. Punha-Se em contato com aqueles a quem desejava atrair. -- Obreiros Evangélicos, 194. SC 89 5 Devemos aproximar-nos dos homens individualmente com simpatia semelhante à de Cristo e procurar despertar-lhes o interesse nas coisas da vida eterna. Os corações podem ser tão duros quanto o caminho batido e pode parecer uma tentativa inútil apresentar-lhes o Salvador; mas embora a lógica possa falhar em mover, e o argumento seja impotente para convencer, o amor de Cristo, revelado no ministério pessoal, pode abrandar o coração empedernido, de modo que a semente da verdade possa enraizar-se. -- Parábolas de Jesus, 57. SC 89 6 Atraí os que se encontram ao redor de vós mediante o trabalho pessoal. Relacionai-vos com eles. As pregações não farão o trabalho que necessita ser feito. Anjos de Deus vos acompanham às moradas daqueles a quem visitais. Esta obra não pode ser feita por procuração. O dinheiro emprestado ou dado não o faz. Sermões não a realizam. Visitando o povo, falando, orando e simpatizando com ele, conquistareis corações. É este o mais elevado trabalho missionário que podeis fazer. Para isso, necessitais de uma fé resoluta e perseverante, de uma paciência inesgotável, e de um profundo amor pelas almas. -- Testimonies for the Church 9:41. SC 90 1 Com a vocação de João, André e Simão, Filipe e Natanael, começou o fundamento da igreja cristã. João dirigiu dois de seus discípulos a Cristo. Então, um deles, André, achou a seu irmão, e chamou-o para o Salvador. Foi logo chamado Filipe, e este foi em busca de Natanael. Esses exemplos nos devem ensinar a importância do esforço pessoal, de fazer apelos diretos a nossos parentes, amigos e vizinhos. Existem pessoas que, durante uma existência, têm professado estar relacionadas com Cristo, e todavia nunca fizeram um esforço pessoal para levar uma alma sequer ao Salvador. Deixam todo o trabalho ao ministro. Este pode ser apto para sua vocação, mas não lhe é possível fazer aquilo que Deus deixou aos membros da igreja. SC 90 2 Muitos há que necessitam do serviço de amoráveis corações cristãos. Têm-se imergido na ruína muitos que poderiam ter sido salvos, houvessem seus vizinhos, homens e mulheres comuns, se esforçado em benefício deles. Muitos há à espera de que alguém se lhes dirija pessoalmente. Na própria família, na vizinhança, na cidade em que residimos, há trabalho para fazermos como missionários de Cristo. Se somos cristãos, essa obra será nosso deleite. Mal está uma pessoa convertida, nasce dentro dela o desejo de tornar conhecido a outros que precioso amigo encontrou em Jesus. A salvadora e santificadora verdade não lhe pode ficar fechada no coração. -- O Desejado de Todas as Nações, 141. SC 90 3 Um dos meios mais eficazes de comunicar a luz é o trabalho particular, pessoal. No círculo familiar, no lar do vizinho, à cabeceira do doente, de maneira tranqüila podeis ler as Escrituras e falar acerca de Jesus e da verdade. Lançareis, assim, preciosa semente, que germinará e produzirá fruto. -- Testemunhos Seletos 3:62. SC 90 4 O sal deve ser misturado com a substância em que é posto; é preciso que penetre a fim de conservar. Assim, é com o contato pessoal e a convivência que os homens são alcançados pelo poder salvador do evangelho. Não são salvos em massa, mas como indivíduos. A influência pessoal é um poder. Cumpre-nos achegar-nos àqueles a quem desejamos beneficiar. -- Beneficência Social, 36. SC 90 5 Jesus via em cada pessoa, alguém a quem devia ser feito o chamado para Seu reino. Aproximava-Se do coração do povo, misturando-Se com ele como alguém que lhe desejava o bem-estar. Procurava-o nas ruas públicas, nas casas particulares, nos barcos, na sinagoga, às margens do lago e nas festas nupciais. Ia-lhe ao encontro em suas ocupações diárias e manifestava interesse em seus negócios seculares. Levava Suas instruções às famílias, pondo-as assim, no próprio lar, sob a influência de Sua divina presença. A poderosa simpatia pessoal que dEle procedia, conquistava os corações. -- O Desejado de Todas as Nações, 151. SC 90 6 Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: "Segue-Me." João 21:19. -- A Ciência do Bom Viver, 143. SC 91 1 Devemos fazer o que Cristo fez. Onde quer que estivesse, na sinagoga, ao pé do caminho, no barco um tanto arredado da margem, no banquete do fariseu ou à mesa do publicano, falava aos homens das coisas pertinentes à vida mais elevada. As coisas da Natureza, os acontecimentos da vida diária eram por Ele relacionados com as palavras da verdade. O coração dos ouvintes era atraído para Ele; porque lhes curara as enfermidades, confortara os aflitos, e tomara nos braços seus filhinhos e os abençoara. Quando abria os lábios para falar, a atenção deles se voltava para Ele, e toda palavra era para alguma alma um cheiro de vida para vida. SC 91 2 Assim deve ser conosco. Onde quer que estejamos, devemos vigiar as oportunidades de falar do Salvador a outros. Se seguirmos o exemplo de Cristo em fazer o bem, os corações nos estarão abertos, como estiveram para Ele. Não abruptamente, mas com o tato oriundo do amor divino poderemos falar-lhes dAquele que "traz a bandeira entre dez mil", e é "totalmente desejável". Cânticos 5:10, 16. Essa é a mais elevada obra em que podemos empregar o talento da linguagem. Foi-nos dado para que pudéssemos apresentar Cristo como Salvador que perdoa os pecados. -- Parábolas de Jesus, 339. SC 91 3 Sua presença criava em casa uma atmosfera mais pura, e Sua vida era como um fermento operando entre os elementos da sociedade. Inocente e incontaminado andava Ele entre os irrefletidos, os rudes, os descorteses; entre os injustos publicanos, os negligentes pródigos, os iníquos samaritanos, os soldados pagãos, os rústicos camponeses e a multidão mista. Dirigia aqui e ali uma palavra de simpatia, ao ver criaturas fatigadas, vergadas ao peso de duras cargas. Partilhava de seus fardos, e revelava-lhes as lições que aprendera da natureza acerca do amor, da benevolência e bondade de Deus. SC 91 4 Ensinava todos a se considerarem dotados de preciosos talentos, os quais, se devidamente empregados, lhes adquiririam riquezas eternas. Extirpava da vida toda vaidade, ensinando também, pelo próprio exemplo, que cada momento de tempo se acha carregado de resultados eternos; que deve ser apreciado como um tesouro, e empregado para fins santos. Não considerava ninguém indigno, mas buscava aplicar a toda alma o remédio salvador. Em qualquer companhia que Se encontrasse, apresentava uma lição adequada ao tempo e às circunstâncias. Buscava inspirar a esperança nos mais ásperos e menos prometedores, dando-lhes a certeza de que se poderiam tornar irrepreensíveis e inocentes, adquirindo caráter que demonstraria serem eles filhos de Deus. Encontrava freqüentemente pessoas que viviam sob o poder de Satanás, e não possuíam forças para romper-lhe as malhas. A essas almas, desanimadas, enfermas, tentadas e caídas, Jesus costumava dirigir palavras da mais terna compaixão, palavras cuja necessidade era sentida, e que podiam ser apreciadas. Outros deparava Ele que se achavam empenhados em renhida luta contra o adversário das almas. A esses animava a perseverar, assegurando-lhes que haviam de vencer; pois tinham a seu lado anjos de Deus, que lhes dariam a vitória. -- O Desejado de Todas as Nações, 90-92. SC 92 1 Reavivamento espiritual e trabalho pessoal -- O reavivamento das igrejas provém do sincero esforço de alguma pessoa em buscar as bênçãos de Deus. Essa pessoa tem fome e sede de Deus, e pede com fé, recebendo de acordo com ela. Põe-se a trabalhar com zelo, reconhecendo sua inteira dependência do Senhor, e almas são despertadas para buscar uma bênção semelhante, recebendo em seu coração um período de refrigério. A difusão da obra não será negligenciada. Planos maiores serão delineados no devido tempo; mas o trabalho pessoal feito por todo indivíduo, o interesse manifestado pelos amigos e vizinhos, pode realizar muito mais do que se possa avaliar. É por falta dessa espécie de trabalho que estão perecendo muitas almas por quem Cristo morreu. SC 92 2 Uma alma tem um valor infinito; o Calvário nos revela. Uma alma ganha para a verdade, será um instrumento para conquistar outras, e haverá um resultado sempre crescente em bênçãos e salvação. Vosso trabalho pode realizar mais benefícios reais do que as longas reuniões, se lhes falta o esforço pessoal. Sendo ambos combinados, com a bênção de Deus, pode-se conseguir uma obra mais perfeita e completa; mas se tivermos de realizar apenas uma parte, seja então o trabalho individual de abrir as Escrituras nas casas de família, dirigindo apelos pessoais, e falando familiarmente com os seus membros, não sobre coisas de pouca importância, mas nos grandes temas da redenção. Fazei-os compreender que vosso coração sente responsabilidade pela salvação das pessoas. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. SC 92 3 Procurar o povo -- Não devemos esperar que as pessoas venham a nós; precisamos procurá-las onde estiverem. Quando a Palavra é pregada do púlpito, o trabalho apenas começou. Há multidões que nunca serão alcançadas pelo evangelho se ele não lhes for levado. -- Parábolas de Jesus, 229. SC 92 4 A comissão evangélica é a Carta Magna missionária do reino de Cristo. Os discípulos deviam trabalhar fervorosamente pelas almas, dando a todas o convite de misericórdia. Não deviam esperar que o povo viesse a eles; deviam eles ir ao povo com sua mensagem. -- Atos dos Apóstolos, 28. SC 92 5 Convidar para estudar a Bíblia -- Convidai os vizinhos para vossa obra, e lede-lhes partes da preciosa Bíblia, e de livros que lhes explicam as verdades. Convidai-os a se unirem convosco em cânticos e orações. Nessas pequeninas reuniões, o próprio Cristo estará presente, segundo prometeu, e os corações serão tocados pela Sua graça. -- A Ciência do Bom Viver, 152. SC 92 6 Enquanto em Éfeso, Apolo começou a falar ousadamente na sinagoga. Entre seus ouvintes estavam Áquila e Priscila que, percebendo não ter ele ainda recebido toda a luz do evangelho, "o levaram consigo, e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus". Atos dos Apóstolos 18:26. Por meio de seus ensinos ele obteve mais clara compreensão das Escrituras, e tornou-se um dos mais hábeis advogados da fé cristã. -- Atos dos Apóstolos, 270. SC 93 1 Ser sociável -- A todos quantos estão trabalhando com Cristo, desejo dizer: Sempre que vos for possível ter acesso ao povo em seu lar, aproveitai a oportunidade. Tomai a Bíblia, e exponde-lhes as grandes verdades da mesma. Vosso êxito não dependerá tanto de vosso saber e realizações, como de vossa habilidade em chegar ao coração das pessoas. Sendo sociáveis e aproximando-vos bem do povo, podereis mudar-lhes rumo dos pensamentos muito mais facilmente do que pelos mais bem-feitos discursos. A apresentação de Cristo em família, no lar e em pequenas reuniões em casas particulares, é muitas vezes mais bem-sucedida em atrair almas para Jesus, do que sermões feitos ao ar livre, às multidões em movimento, ou mesmo em salões e igrejas. -- Obreiros Evangélicos, 193. SC 93 2 O exemplo de Cristo de ligar-Se aos interesses da humanidade deve ser seguido por todos quantos pregam Sua palavra, e todos quantos receberam o evangelho de Sua graça. Não devemos renunciar à comunhão social. Não nos devemos retirar dos outros. A fim de atingir todas as classes, precisamos ir ter com elas. Raramente nos virão procurar de vontade própria. Não somente do púlpito é tocado o coração dos homens pela verdade divina. Outro campo de labor existe, mais humilde, talvez, mas igualmente prometedor. Encontra-se no lar do humilde, e na mansão do grande; na mesa hospitaleira, e em reuniões de inocente entretenimento. -- O Desejado de Todas as Nações, 152. SC 93 3 Cristo não tinha espírito de exclusivismo, e escandalizara especialmente os fariseus por Se afastar a esse respeito de seus rígidos regulamentos. Encontrara os domínios da religião cercados de alta muralha de exclusivismo, como assunto demasiado santo para a vida diária. Esses muros de divisão, Ele os derribou. Em Seu trato com os homens, não indagava: Qual é seu credo? a que igreja pertence? Exercia Seu poder de beneficiar em favor de todos os que necessitassem de auxílio. Em lugar de fechar-Se numa cela de eremita a fim de mostrar Seu caráter celestial, trabalhava fervorosamente pela humanidade. Incutia o princípio de não consistir a religião bíblica em mortificações corporais. Ensinava que a religião pura e incontaminada não se deve manifestar apenas em determinados tempos e ocasiões especiais. Em todos os tempos e lugares demonstrava amorável interesse pelos homens, irradiando em torno a luz de uma animosa piedade. -- O Desejado de Todas as Nações, 86. SC 93 4 Apesar de seus preconceitos, aceitou a hospitalidade desse povo desprezado. Dormiu sob seu teto, comeu com eles à mesa -- partilhando do alimento preparado e servido por suas mãos -- ensinou em suas ruas, e tratou-os com a máxima bondade e cortesia. -- O Desejado de Todas as Nações, 193. SC 94 1 Manifestar interesse e simpatia -- Os que estão travando a batalha da vida com grandes desvantagens podem ser refrigerados e fortalecidos por pequeninas atenções que nada custam. Palavras bondosas, proferidas com simplicidade, pequenas atenções dispensadas sem ostentação, hão de afugentar as nuvens da tentação e dúvida que se adensam por sobre a alma. A verdadeira e sincera expressão de simpatia cristã, dada com simplicidade, tem poder para abrir a porta de corações que necessitam do simples e delicado toque do Espírito de Cristo. -- Testimonies for the Church 9:30. SC 94 2 Milhares de corações podem ser alcançados pela maneira mais simples e humilde. Os mais intelectuais, aqueles que são considerados e louvados como os homens e mulheres mais bem dotados do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas palavras simples e originadas do coração de uma pessoa que ama a Deus e pode falar desse amor com naturalidade, como os mundanos falam daquilo que seu espírito contempla e de que se nutre. Muitas vezes as palavras bem preparadas e estudadas, exercem pouca influência. Mas a expressão verdadeira, sincera, de um filho ou filha de Deus, emitida com natural simplicidade, abrirá a porta a corações por muito tempo fechados. -- Testemunhos Seletos 2:402. SC 94 3 Contar a experiência pessoal -- Os que se revestiram de Cristo relatarão sua experiência, descobrindo passo a passo a direção do Espírito Santo -- sua sede e fome de conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem enviou, o resultado de esquadrinhar as Escrituras, suas orações, sua agonia de alma e as palavras de Cristo a eles: "Teus pecados te são perdoados". Lucas 7:48. É antinatural que qualquer pessoa mantenha em secreto estas coisas; e quem está possuído do amor de Cristo não o fará. Na mesma proporção em que o Senhor os tornou depositários da verdade sagrada, será seu desejo que outros recebam a mesma bênção. Divulgando os ricos tesouros da graça de Deus, ser-lhes-á concedido mais e mais da graça de Cristo. -- Parábolas de Jesus, 124, 125. SC 94 4 Ponde em ação toda a vossa energia espiritual. Dizei àqueles a quem visitais que se acha próximo às portas, o fim de todas as coisas. O Senhor Jesus Cristo abrirá a porta do coração deles, causando uma duradoura impressão em seu espírito. Esforçai-vos por despertar homens e mulheres de sua insensibilidade espiritual. Dizei-lhes como encontrastes Jesus, e como tendes sido abençoados desde que vos pusestes ao Seu serviço. Contai-lhes a ventura que vos advém de sentar-vos aos pés de Jesus, aprendendo preciosas lições de Sua Palavra. Falai-lhes da alegria, da satisfação que existe na vida cristã. Vossas palavras calorosas, cheias de fervor, hão de convencê-los de que encontrastes a pérola de grande preço. Que vossas palavras alegres e animadoras demonstrem que achastes com certeza o caminho melhor. Isto é trabalho missionário genuíno, e em ele sendo feito, muitos acordarão como de um sonho. -- Testimonies for the Church 9:38. SC 95 1 Aqueles que Deus emprega como Seus instrumentos podem por alguns ser considerados como ineficientes; mas se puderem orar, se em simplicidade puderem falar sobre a verdade, porque a amam, poderão alcançar o povo, mediante o poder do Espírito Santo. Ao apresentarem a verdade em simplicidade, lendo da Palavra, ou recordando incidentes de experiências, o Espírito Santo impressiona a mente e o caráter. A vontade se torna subordinada à vontade de Deus; a verdade até aí não compreendida vem ao coração com convicção viva, tornando-se realidade espiritual. -- Testimonies for the Church 6:444. SC 95 2 Ilustrações eficazes -- Suas mensagens de misericórdia variavam, a fim de ajustar-se ao Seu auditório. Sabia "dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado" (Isaías 50:4); pois nos lábios Lhe era derramada a graça, a fim de que transmitisse aos homens, pela mais atrativa maneira, os tesouros da verdade. Possuía tato para Se aproximar do espírito mais cheio de preconceitos, surpreendendo-o com ilustrações que lhe prendiam a atenção. Por intermédio da imaginação, chegava-lhes à alma. Suas ilustrações eram tiradas das coisas da vida diária, e, conquanto simples, encerravam admirável profundeza de sentido. As aves do céu, os lírios do campo, a semente, o pastor e as ovelhas -- com essas coisas ilustrava Cristo a verdade imortal; e sempre, posteriormente, quando Seus ouvintes viam essas coisas da Natureza, elas Lhe evocavam as palavras. As ilustrações de Cristo repetiam-Lhe continuamente as lições. -- O Desejado de Todas as Nações, 254. SC 95 3 Os apóstolos se esforçaram por comunicar a esses idólatras o conhecimento de Deus, o Criador, e de Seu Filho, o Salvador do gênero humano. Chamaram, primeiramente, a atenção deles, para as obras maravilhosas de Deus -- o Sol, a Lua e as estrelas, a bela ordem das sucessivas estações, as poderosas montanhas coroadas de neve, as majestosas árvores, e várias outras maravilhas da Natureza, as quais testemunham uma capacidade além da compreensão humana. Mediante essas obras do Todo-poderoso, levaram os apóstolos o espírito dos gentios à contemplação do grande Governador do Universo. -- Atos dos Apóstolos, 180. SC 95 4 Princípios fundamentais e práticos -- Paulo era um orador eloqüente. Antes de sua conversão havia ele muitas vezes procurado impressionar seus ouvintes com rasgos de oratória. Mas agora pusera tudo isto de lado. Em vez de se demorar em descrições poéticas e fantasiosas representações, que poderiam lisonjear os sentidos e alimentar a imaginação, mas que não encontrariam eco na experiência diária, buscava ele pelo uso de linguagem simples, convencer os corações com as verdades de importância vital. Representações fantasistas da verdade podem provocar um êxtase dos sentidos, mas não raro, verdades apresentadas desta maneira não suprem o alimento necessário ao fortalecimento e robustecimento do crente para as batalhas da vida. As necessidades imediatas, as provas presentes das almas em conflito, devem ser enfrentadas com instrução prática e sadia com base nos princípios fundamentais do cristianismo. -- Atos dos Apóstolos, 251, 252. SC 96 1 Apegar-se à verdade afirmativa -- Muitas vezes, ao procurardes apresentar a verdade, despertar-se-á oposição; mas, se tentardes enfrentá-la com argumentos, haveis unicamente de multiplicá-la, o que não podeis permitir. Apegai-vos à afirmativa. Anjos de Deus vos observam, e sabem como impressionar aqueles cuja oposição vos recusais a enfrentar com argumentos. Não insistais nos pontos negativos das questões que surgem, mas reuni em vossa mente verdades afirmativas, aí fixando-as mediante muito estudo, fervorosa oração e um coração consagrado. -- Obreiros Evangélicos, 358. SC 96 2 Representantes nos centros de comunicação -- Os que, em resposta ao chamado do momento, entraram para o serviço do Obreiro-Mestre, bem podem estudar Seus métodos de trabalho. Durante Seu ministério terrestre, o Salvador prevaleceu-Se das oportunidades encontradas ao longo dos grandes centros de comunicação. Foi em Cafarnaum que Jesus ficava nos intervalos de Suas viagens para cá e para lá, e tornou-se conhecida como "Sua cidade". Essa cidade bem se adaptava a ser o centro do trabalho do Salvador. Achando-se na estrada principal de Damasco a Jerusalém e ao Egito, assim como para o Mar Mediterrâneo, era uma grande via de comunicação. Gente de muitas terras passava através da cidade, ou ali se demorava para descansar, em suas jornadas de um lado para o outro. Ali Jesus podia encontrar gente de todas as nações e todas as classes sociais; ricos e grandes, assim como pobres e humildes; e Suas lições seriam levadas a outros países e para muitos lares. Seria deste modo estimulado o estudo das profecias; seria dirigida a atenção para o Salvador, e Sua missão seria levada perante o mundo. -- Testimonies for the Church 9:121. SC 96 3 Nas mundialmente afamadas termas balneárias, praias e centros de comércio turístico, onde fervilham muitos milhares de pessoas em busca de saúde e prazer, devem achar-se posicionados pastores e colportores capazes de atrair a atenção das multidões. Estejam esses obreiros alerta à sua oportunidade de apresentar a mensagem para este tempo, e realizem reuniões quando tiverem oportunidade. Sejam ligeiros em aproveitar as oportunidades de falar ao povo. Acompanhados do poder do Espírito Santo, apresentem-se ao povo com a mensagem dada por João Batista: "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus". Mateus 3:2. A Palavra de Deus deve ser apresentada com clareza e poder, para que os que têm ouvidos para ouvir, ouçam a verdade. Assim o evangelho da verdade presente será posto no caminho dos que o não conhecem, e será aceito por não poucos, e por eles levado a seus lares em todas as partes do mundo. -- Obreiros Evangélicos, 352, 353. SC 97 1 A Ciência do Bom Viver e Parábolas de Jesus são especialmente adaptados ao uso em centros de turismo, e todo o possível deveria ser feito para colocar exemplares dessas obras nas mãos dos que têm tempo e inclinação para ler. -- Testimonies for the Church 9:85. SC 97 2 Devem ser estabelecidos restaurantes vegetarianos e salas de tratamentos. Nossos empenhos nesses ramos devem abranger as grandes estâncias balneárias. Como foi ouvida no deserto a voz de João Batista: "Endireitai o caminho do Senhor" (João 1:23), assim tem de a voz dos mensageiros do Senhor ser ouvida nas grandes estâncias balneárias e turísticas. -- Testimonies for the Church 7:55, 56. SC 97 3 Dois a dois -- Chamando os doze para junto de Si, Jesus ordenou-lhes que fossem dois a dois pelas cidades e aldeias. Nenhum foi mandado sozinho, mas irmão em companhia de irmão, amigo ao lado de amigo. Assim se poderiam auxiliar e animar mutuamente, aconselhando-se entre si, e orando um com o outro, a força de um suprindo a fraqueza do outro. Da mesma maneira enviou Ele posteriormente os setenta. Era o desígnio do Salvador que os mensageiros do evangelho assim se associassem. Teria muito mais êxito a obra evangélica em nossos dias, fosse esse exemplo mais estritamente seguido. -- O Desejado de Todas as Nações, 350. SC 97 4 Viagens médico-evangelísticas -- Segundo as instruções que o Senhor me deu várias vezes, sei que alguns obreiros deveriam visitar cidades e vilas no desempenho do trabalho médico-missionário. Os que assim procederem conseguirão uma rica colheita, tanto das classes mais elevadas da sociedade como das mais humildes. E o caminho para esse trabalho é melhor preparado pelos esforços dos fiéis colportores. -- Testemunhos Seletos 3:370. SC 97 5 Missionários médico-evangelistas -- Precisa-se agora de obreiros evangelistas médico-missionários. Não podeis dedicar anos ao vosso preparo. Logo portas que agora estão abertas haverão de fechar-se para sempre. Proclamai a mensagem agora. Não espereis, dando com isso oportunidade a que o inimigo se aposse do campo que está agora ao vosso alcance. Grupos pequenos devem ir fazer o trabalho de que Cristo incumbiu os Seus discípulos. Trabalhem como evangelistas, disseminando a nossa literatura, e falando da verdade às pessoas que encontrem. Orem pelos doentes, provendo-lhes as necessidades, não com drogas, mas com remédios naturais, ensinando-lhes a recuperar a saúde e evitar a doença. -- Testemunhos Seletos 3:371. SC 97 6 Irmãos e irmãs, dedicai-vos ao Senhor para o serviço. Não permitais que passe oportunidade alguma desaproveitada. Visitai os doentes e sofredores, e manifestai-lhes bondoso interesse. Se possível, fazei alguma coisa para os cercar de mais conforto. Podereis assim conquistar-lhes o coração, e dizer uma palavra em favor de Cristo. Somente a eternidade poderá revelar de quanto alcance pode ser esta espécie de trabalho. Outros ramos de utilidade se abrirão perante os que estão dispostos a cumprir o dever que lhes fica mais perto. -- Testemunhos Seletos 3:302. SC 98 1 Educação industrial -- Há multidões de famílias pobres pelas quais não se poderia fazer nenhum melhor trabalho missionário do que ajudá-las a se estabelecerem no campo, e aprenderem a tirar dele um meio de vida. A necessidade de tal auxílio e instrução não se limita às cidades. Mesmo no campo, com todas as suas possibilidades quanto a uma vida melhor, multidões de pobres se acham em grande carência. Localidades inteiras estão destituídas de educação em assuntos industriais e higiênicos. Há famílias morando em choças, com mobília e vestuário deficientes, sem utensílios, sem livros, destituídos tanto de confortos como de meios de cultura. Almas embrutecidas, corpos fracos e mal formados, mostram os resultados da má hereditariedade e dos hábitos errôneos. Essas pessoas devem ser educadas principiando com os próprios fundamentos. Têm vivido uma vida frouxa, ociosa, corrupta, e precisam ser exercitadas nos hábitos corretos. -- A Ciência do Bom Viver, 192. SC 98 2 Deve-se dar atenção ao estabelecimento de várias indústrias, para que famílias pobres possam assim encontrar colocação. Carpinteiros, ferreiros, enfim todos quantos têm conhecimento de algum ramo de trabalho útil, devem sentir a responsabilidade de ensinar e ajudar o ignorante e o desempregado. -- A Ciência do Bom Viver, 194. SC 98 3 Os agricultores cristãos podem fazer um verdadeiro trabalho missionário em ajudar os pobres a encontrar um lar no campo, e ensinar-lhes a lavrar o solo e torná-lo produtivo. Ensinai-os a servir-se dos instrumentos de agricultura, a cultivar as várias plantações, a formar pomares e cuidar deles. -- A Ciência do Bom Viver, 193. SC 98 4 No serviço aos pobres há, para as mulheres, um vasto campo de utilidade, da mesma maneira que para os homens. A eficiente cozinheira, a dona de casa, a costureira, a enfermeira -- de todas elas é necessário auxílio. Ensinem-se os membros das famílias pobres a cozinhar, a costurar e remendar sua própria roupa, a tratar dos doentes, a cuidar devidamente da casa. Ensine-se aos meninos e às meninas alguma ocupação útil. -- A Ciência do Bom Viver, 194. SC 98 5 Convidar o povo às reuniões evangélicas -- Há muitas coisas a fazer, uma vez que se tenha a mente dirigida para o trabalho. Muitos há que não irão à igreja ouvir a verdade pregada. Mediante esforços pessoais feitos com simplicidade e sabedoria, estes podem ser persuadidos a se encaminhar à casa de Deus. A convicção pode apoderar-se de seu espírito à primeira vez que ouçam um sermão sobre a verdade presente. Se vosso convite for recusado, não desanimeis. Perseverai até que o êxito venha coroar vossos esforços. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 99 1 Trazei-os à Escola Sabatina -- Outra obra em que todos se podem empenhar é trazer crianças e jovens à Escola Sabatina. Os jovens podem, assim, trabalhar eficazmente pelo querido Salvador. Podem influenciar no destino de outras almas. Eles prestarão um serviço à igreja e ao mundo, serviço cuja extensão e grandeza só o dia do ajuste final dará a conhecer, quando o "Bem está" for dirigido aos bons e fiéis. Mateus 25:21. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 99 2 Pela pena e pela voz -- Com a pena e a voz proclamai que Jesus vive para fazer intercessão por nós. Uni-vos ao grande Obreiro-Mestre, segui o abnegado Redentor através de Sua peregrinação de amor na Terra. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1893. SC 99 3 Alguns trabalharão de um modo, e outros doutro, conforme o Senhor os chamar e guiar. Mas devem todos lutar juntos, procurar fazer do trabalho uma unidade perfeita. Pela pena e pela viva voz devem trabalhar para Deus. -- Testemunhos Seletos 3:294. SC 99 4 Falai, orai, cantai acerca de Cristo crucificado, e isso comoverá e cativará corações. -- Testimonies for the Church 6:67. SC 99 5 A pena é um poder nas mãos dos homens que sentem a verdade a arder no altar de seu coração, e que têm em favor de Deus um zelo inteligente, equilibrado com um juízo são. A pena, mergulhada na fonte da verdade pura, pode enviar raios de luz aos cantos escuros da Terra, que refletirão os raios, acrescentando-lhes novo poder, e aumentando a luz, para ser disseminada por toda parte. -- Lar sem Sombras, 214. SC 99 6 Nossos pastores não devem consagrar todas as suas energias a pregar sermões, e deixar que a obra fique nisso. Devem instruir os membros da igreja a manter e levar avante com êxito este ramo da obra [correspondência missionária], o qual é para nossa sociedade de publicações e missionária como uma roda dentro de outra roda. O movimento desta roda interior mantém numa poderosa e sadia ação a roda exterior. Que a roda interna cesse de operar, e o resultado se manifestará na diminuição de vida e atividade nas ditas sociedades. SC 99 7 Não vos canseis do vigilante trabalho missionário. Todos vós vos podeis empenhar nesta obra com êxito, se tão-somente vos puserdes em comunhão com Deus. Antes de escrever cartas de consulta, elevai sempre o coração a Deus em oração, a fim de que sejais bem-sucedidos em ajuntar alguns ramos silvestres para serem enxertados na videira verdadeira, e produzirem frutos para a glória de Deus. Todo aquele que, de coração humilde, toma parte nesta obra, educar-se-á continuamente como obreiro na vinha do Senhor. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. ------------------------Capítulo 11 -- Obra médico-missionária SC 100 1 Uma obra de especial importância -- Durante Seu ministério, Jesus dedicou mais tempo a curar os enfermos do que a pregar. -- A Ciência do Bom Viver, 19. SC 100 2 Na vanguarda do verdadeiro reformador, a obra médico-missionária abrirá muitas portas. -- Testemunhos Seletos 3:102. SC 100 3 A verdadeira obra médico-missionária é o evangelho posto em prática. -- Testimonies for the Church 8:168. SC 100 4 A obra médico-missionária é a pioneira do evangelho. No ministério da Palavra e na obra médico-missionária, deve o evangelho ser pregado e praticado. -- A Ciência do Bom Viver, 144. SC 100 5 O Salvador do mundo devotou mais tempo e trabalho a curar os doentes de suas enfermidades, do que a pregar. Sua última recomendação aos apóstolos, Seus representantes na Terra, foi que pusessem as mãos sobre os enfermos para que sarassem. Quando o Mestre vier, há de louvar aqueles que visitaram os doentes e aliviaram as necessidades dos sofredores. -- Testimonies for the Church 4:225. SC 100 6 É Seu desígnio que a obra médico-missionária prepare o caminho para a apresentação da salvadora verdade para este tempo, a proclamação da terceira mensagem angélica. Uma vez que se cumpra esse desígnio, a mensagem não será eclipsada, nem seu progresso impedido. -- Testemunhos Seletos 2:531. SC 100 7 Deveis primeiramente satisfazer as necessidades materiais dos necessitados, e aliviar suas necessidades e sofrimentos físicos, e depois encontrareis caminho franco ao seu coração, onde podereis plantar as boas sementes da virtude e da religião. -- Testimonies for the Church 4:227. SC 100 8 Coisa alguma dará maior resistência espiritual e mais acréscimo de fervor e profundidade de sentir, do que visitar e servir os doentes e desanimados, ajudá-los a ver a luz e a firmarem em Jesus a sua fé. -- Testemunhos Seletos 1:463. SC 100 9 O exemplo divino -- Nosso exemplo é Cristo, o grande Missionário-Médico. [...] curava os enfermos e pregava o evangelho. Em Sua obra, a cura e o ensino estavam intimamente unidos. Eles não devem ser separados hoje. -- Testemunhos Seletos 3:369. SC 100 10 Os servos de Cristo devem seguir-Lhe o exemplo. Andando de lugar em lugar, consolava Ele os sofredores e curava os enfermos. Apresentava-lhes, então, as grandes verdades concernentes ao Seu reino. Esta é a obra de Seus seguidores. -- Parábolas de Jesus, 233. SC 101 1 O exemplo de Cristo deve ser imitado por quem professa ser filho de Deus. Aliviai as necessidades materiais de vossos semelhantes, e sua gratidão quebrará as barreiras, permitindo cativar-lhes o coração. Considerai seriamente este assunto. -- Testemunhos Seletos 3:346. SC 101 2 Especialmente devem os que são médicos-missionários manifestar, no espírito, na palavra e no caráter, estarem eles seguindo a Cristo Jesus, o divino Modelo nos esforços médicos-missionários. -- Testimonies for the Church 7:127. SC 101 3 Aliada ao ministério do evangelho -- O evangelho e a obra médico-missionária têm de avançar juntos. O evangelho precisa estar ligado aos princípios da verdadeira reforma de saúde. O cristianismo tem de ser introduzido na vida prática. Uma obra de reforma fervorosa, completa, precisa ser feita. [...] cumpre-nos apresentar os princípios da reforma de saúde ao povo, fazendo tudo quanto está ao nosso alcance para induzir homens e mulheres a ver a necessidade desses princípios e a praticá-los. -- Obreiros Evangélicos, 232. SC 101 4 É o plano divino que trabalhemos como os discípulos fizeram. A cura física está ligada à incumbência evangélica. Na obra do evangelho, o ensino e a cura nunca se devem separar. -- A Ciência do Bom Viver, 141. SC 101 5 O trabalho médico-missionário e o ministério evangélico são os meios pelos quais Deus procura derramar constante suprimento de Sua bondade. Devem ser como o rio da vida, para irrigação de Sua igreja. -- The Bible Echo, 12 de Agosto de 1901. SC 101 6 Aprendam os nossos ministros que adquiriram experiência na pregação da Palavra, a dar tratamentos simples, e trabalhem, então, de maneira judiciosa como evangelistas médico-missionários. -- Testemunhos Seletos 3:370. SC 101 7 Ao ir o colportor para aqui e para ali, encontrará muitos doentes. Deve ele ter conhecimento prático das causas da doença, e deve saber dar tratamentos simples, a fim de que possa aliviar os que sofrem. Mais que isso, deve ele orar, com fé e simplicidade, pelos doentes, apontando-lhes o grande Médico. Enquanto assim anda e trabalha com Deus, anjos ministradores estarão ao seu lado, dando-lhe acesso aos corações. Que vasto campo para trabalho missionário está perante o colportor fiel e consagrado; que bênção receberá ele na diligente realização de sua obra! -- The Southern Work, 20 de Novembro de 1902. SC 101 8 Todo obreiro do evangelho deve sentir que o instruir o povo quanto aos princípios do viver saudável é uma parte do trabalho que lhe é designado. Grande é a necessidade dessa obra, e o mundo está aberto para ela. -- A Ciência do Bom Viver, 147. SC 101 9 O braço direito da mensagem -- Tenho sido repetidamente instruída quanto ao fato de ter a obra médico-missionária para com a obra da terceira mensagem angélica, a mesma relação que mantêm para com o corpo o braço e a mão. Sob a direção da divina Cabeça, devem trabalhar unidos no preparar o caminho para a vinda de Cristo. O braço direito do corpo da verdade deve estar constantemente ativo, trabalhando incessantemente, e Deus o fortalecerá. Não deve, porém, tornar-se o corpo. Ao mesmo tempo o corpo não deve dizer ao braço: "Não tenho necessidade de ti". 1 Coríntios 12:21. O corpo necessita do braço a fim de fazer obra ativa e intensiva. Ambos têm seu trabalho designado, e ambos sofrerão grande prejuízo caso operem independentemente um do outro. -- Testemunhos Seletos 2:526. SC 102 1 Deve ser feito trabalho médico-missionário. [...] Deve este ser para a causa de Deus o que a mão é para o corpo. -- Testimonies for the Church 8:160. SC 102 2 Cooperação divina -- Cristo sente as misérias de todo sofredor. Quando os espíritos maus arruínam o organismo humano, Cristo sente essa ruína. Quando a febre consome a corrente vital, Ele sente a agonia. E está tão disposto a curar o enfermo hoje, como quando Se achava em pessoa na Terra. Os servos de Cristo são Seus representantes, instrumentos pelos quais opera. Ele deseja, por intermédio dos mesmos, exercer Seu poder de curar. -- O Desejado de Todas as Nações, 823, 824. SC 102 3 Por intermédio de Seus servos designa Deus que os doentes, os desafortunados e os possessos de espíritos maus hão de escutar Sua voz. Por meio dos instrumentos humanos Ele deseja ser um consolador como o mundo desconhece. -- A Ciência do Bom Viver, 106. SC 102 4 Cristo coopera com os que se empenham em trabalho médico-missionário. -- Testimonies for the Church 7:51. SC 102 5 O Senhor operava por meio deles. Aonde quer que iam, os doentes eram curados e aos pobres se pregava o evangelho. -- Atos dos Apóstolos, 106. SC 102 6 Cristo não mais está em pessoa no mundo, para ir de cidade a cidade e de aldeia a aldeia, curando os enfermos; comissionou-nos, porém, com o prosseguimento da obra médico-missionária por Ele iniciada. -- Testemunhos Seletos 3:367. SC 102 7 A obra de cada igreja -- Há uma mensagem a ser pregada em todas as igrejas, relativamente à reforma de saúde. -- Testimonies for the Church 6:370. SC 102 8 A obra médico-missionária deve fazer parte do trabalho de toda igreja em nossa Terra. -- Testemunhos Seletos 2:527. SC 102 9 Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra médico-missionária. -- Testemunhos Seletos 3:102. SC 102 10 A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus, mediante sua cooperação com o Obreiro-Mestre, na restauração da saúde física e espiritual. Essa obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem essa obra inteligentemente. -- Obreiros Evangélicos, 348. SC 103 1 Há perante nós tempos tempestuosos, mas não pronunciemos uma só palavra de incredulidade ou desânimo. Lembremo-nos de que levamos uma mensagem de cura para um mundo repleto de almas doentes do pecado. -- Special Testimonies, Serie B, 8:24. SC 103 2 Devidamente dirigida, essa obra salvará muitos pobres pecadores negligenciados pelas igrejas. Muitas pessoas que não pertencem a nossa fé, estão anelando o próprio auxílio que os cristãos têm o dever de dar. Caso o povo de Deus mostrasse genuíno interesse em seu próximo, muitos seriam alcançados pelas verdades especiais para este tempo. Coisa alguma dará, ou jamais poderá dar reputação à obra, como ajudar o povo indo ao seu encontro onde se acham. Milhares de pessoas poderiam estar hoje regozijando na mensagem, se aqueles que professam amar a Deus e guardar Seus mandamentos, trabalhassem como Cristo trabalhava. Quando a obra médico-missionária ganhar assim homens e mulheres para um conhecimento salvador de Cristo e Sua verdade, nela se poderão empregar com segurança dinheiro e diligente labor, pois é uma obra que permanecerá. -- Testemunhos Seletos 2:518. SC 103 3 Mostre nosso povo que possui vivo interesse no trabalho médico-missionário. Preparem-se para a utilidade, estudando os livros que nesses ramos foram escritos para nossa instrução. Esses livros merecem muito mais atenção e apreço do que têm recebido. Muito do que é para benefício de todos compreender, foi escrito com o fim especial de instruir nos princípios da saúde. Os que estudam e praticam esses princípios serão grandemente abençoados, tanto física como espiritualmente. A compreensão da filosofia da saúde será uma salvaguarda contra muitos dos males que estão a aumentar constantemente. -- Testemunhos Seletos 3:103. SC 103 4 Fui instruída de que a obra médico-missionária descobrirá, nas próprias profundezas da degradação, homens que, se bem que se hajam entregue à intemperança e hábitos dissolutos, corresponderão a um trabalho feito pela devida maneira. Precisam, porém, ser reconhecidos e animados. Serão necessários esforços firmes, pacientes e sinceros a fim de erguê-los. Eles não podem recuperar a si mesmos. Podem ouvir o chamado de Cristo, mas têm o ouvido por demais embotado para lhe apreender o significado; seus olhos se acham demasiado obscurecidos para ver qualquer coisa boa a eles reservada. Acham-se mortos em ofensas e pecados. Todavia mesmo estes não devem ser excluídos do banquete evangélico. Devem receber o convite: "Vinde". Lucas 14:17. Embora se sintam indignos, o Senhor diz: "Forçai-os a entrar". Lucas 14:23. Não deis ouvidos a nenhuma desculpa. Com amor e bondade, apoderai-vos deles. -- Testemunhos Seletos 2:517. SC 103 5 Os que se dedicam a esse ramo de trabalho [disseminar publicações] devem sair preparados para fazer trabalho médico-missionário. Devem ser ajudados os doentes e sofredores. Muitos para quem é feita esta obra de misericórdia ouvirão e aceitarão as palavras de vida. -- Testemunhos Seletos 3:301. SC 103 6 Quem se está preparando para assumir com conhecimento de causa o trabalho médico-missionário? [...] Cada obreiro deve ser conscienciosamente eficiente. Então, em sentido elevado e amplo, pode ele apresentar a verdade tal qual é em Jesus. -- Testemunhos Seletos 3:110. SC 104 1 Prossiga a obra do Senhor! Avancem as obras médico-missionária e educativa! Estou certa de que nossa grande necessidade é de obreiros zelosos, abnegados, inteligentes e capazes. -- Testemunhos Seletos 3:367. SC 104 2 Levem eles o vivo princípio da reforma de saúde às comunidades que em grande parte ignoram esses princípios. -- Testimonies for the Church 9:118. SC 104 3 Sou instruída a dizer aos educadores da reforma de saúde: Prossegui! O mundo necessita de toda partícula de influência que podeis exercer para deter a onda de miséria moral. Que os que ensinam a mensagem do terceiro anjo permaneçam leais a suas cores. -- Testimonies for the Church 9:113. SC 104 4 O plano de extensão médica -- O Senhor dará aos nossos hospitais, cuja obra já se acha estabelecida, a oportunidade de cooperar com Ele em ajudar a empreendimentos recém-fundados. Cada nova instituição deve ser considerada como auxiliar na grande obra de proclamar a mensagem do terceiro anjo. Deus deu aos nossos hospitais a oportunidade de pôr em operação uma obra que será como uma pedra animada de vida, crescendo à medida que vai rolando, impelida por mão invisível. Ponha-se em movimento essa pedra simbólica. -- Testimonies for the Church 7:59. SC 104 5 A obra institucional -- Devem ser estabelecidos restaurantes vegetarianos e salas de tratamentos. Nossos empenhos nesses ramos devem abranger as grandes estâncias balneárias. Como foi ouvida no deserto a voz de João Batista: "Endireitai o caminho do Senhor" (João 1:23), assim tem de a voz dos mensageiros do Senhor ser ouvida nas grandes estâncias balneárias e turísticas. -- Testimonies for the Church 7:55, 56. SC 104 6 Foi-me mostrado que em muitas cidades é recomendável que um restaurante seja ligado às salas de tratamentos. Ambos podem cooperar mutuamente em manter princípios retos. Em conexão com eles é às vezes recomendável ter salas que sirvam de alojamento para os doentes. Esses estabelecimentos servirão de entrepostos às clínicas localizadas no campo. -- Testimonies for the Church 7:60. SC 104 7 O Senhor tem uma mensagem para as nossas cidades, e devemos proclamar essa mensagem em nossas reuniões campais, e por outras campanhas públicas, assim como por nossas publicações. Além disso, devem estabelecer-se restaurantes vegetarianos nas cidades, e por eles deve ser proclamada a mensagem da temperança. Devem-se fazer arranjos para realizar reuniões em conexão com os nossos restaurantes. Sempre que possível, proveja-se um recinto onde os clientes possam ser convidados a ouvirem sobre a ciência da saúde e temperança cristã, onde recebam instrução sobre o preparo de alimento saudável, e sobre outros assuntos importantes. -- Testimonies for the Church 7:115. SC 105 1 Aos que vêm ter a nossos restaurantes deve ser suprida leitura. Deve-se-lhes chamar a atenção para nossa literatura sobre temperança e reforma alimentar, e devem-lhes ser dados também folhetos que tratem das lições de Cristo. O encargo de suprir semelhante leitura deve ser partilhado por todo o nosso povo. A todos os que vêm deve ser dada alguma coisa para ler. Pode ser que muitos deixem intacto o folheto, mas alguns dentre aqueles em cujas mãos o colocais podem estar à procura da luz. Estes lerão e estudarão o que lhes dais, e depois o passarão a outros. -- Testimonies for the Church 7:116. SC 105 2 Foi-me instruído que um dos motivos principais da instalação de restaurantes que sirvam alimento saudável, e salas de tratamentos no centro das grandes cidades é que, por esse meio a atenção das pessoas influentes será atraída para a terceira mensagem angélica. Ao notarem que esses restaurantes são dirigidos de maneira inteiramente diversa dos restaurantes comuns, os homens inteligentes irão verificar as razões para a diferença nos métodos comerciais, e pesquisarão os princípios que nos induzem a servir alimento melhor. Serão, assim, levados ao conhecimento da mensagem para este tempo. -- Testemunhos Seletos 3:130, 131. SC 105 3 Escolas culinárias -- Fui instruída a animar o estabelecimento de escolas culinárias em todos os lugares em que se está fazendo obra médico-missionária. Deve-se pôr diante do povo todo estímulo para levá-lo a adotar a reforma. Fazei brilhar sobre eles o máximo possível de luz. Ensinai-os a aperfeiçoar o quanto possível o preparo do alimento, estimulando-os a comunicar a outros aquilo que aprendem. -- Obreiros Evangélicos, 362, 363. SC 105 4 Devem-se estabelecer escolas culinárias. Devemos ensinar o povo a preparar alimento saudável. É preciso mostrar-lhes a necessidade de abandonar alimentos nocivos. Mas nunca deveríamos advogar um regime que nos faça padecer fome. É possível ter um regime são, nutritivo, sem o emprego de café, chá e carne. A obra de ensinar o povo a preparar um cardápio que seja ao mesmo tempo saudável e apetecível, é da maior importância. -- Testimonies for the Church 9:112. SC 105 5 Mensagem oportuna -- Não posso ser demasiado veemente em insistir com todos os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros missionários, todos quantos crêem na terceira mensagem angélica, todos quantos desviam o pé do sábado, para considerarem a mensagem do capítulo cinqüenta e oito de Isaías. A obra de beneficência recomendada nesse capítulo, é a obra que Deus requer de Seu povo neste tempo. É uma obra indicada por Ele próprio. Não somos deixados em dúvida quanto ao lugar da mensagem, e ao tempo de seu assinalado cumprimento, pois lemos: "E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar". Isaías 58:12. SC 106 1 O memorial de Deus, o sábado do sétimo dia, o sinal de Sua obra em criar o mundo, foi removido pelo homem do pecado. O povo de Deus tem uma obra especial a fazer em reparar as brechas feitas em Sua lei; e quanto mais nos aproximamos do fim, tanto mais urgente se torna essa obra. Todos quantos amam a Deus mostrarão que Lhe trazem o sinal pela guarda de Seus mandamentos. Eles são os restauradores de veredas para morar. [...] Assim o genuíno trabalho médico-missionário acha-se inseparavelmente ligado à observância dos mandamentos de Deus, dos quais o sábado é especialmente mencionado, uma vez que é o grande memorial da obra criadora de Deus. Sua observância está ligada com a obra de restaurar a imagem moral de Deus no homem. Este é o ministério que o povo de Deus deve levar avante neste tempo. Este ministério, quando devidamente cumprido, trará ricas bênçãos à igreja. -- Testemunhos Seletos 2:503. ------------------------Capítulo 12 -- Evangelismo bíblico SC 107 1 Idéia de origem celestial -- O plano de se darem estudos bíblicos foi uma idéia de origem celestial. Muitos há, tanto homens como mulheres, que se podem empenhar nesse ramo de obra missionária. Podem-se assim desenvolver obreiros que se tornem poderosos homens de Deus. Por este meio a Palavra de Deus tem sido proporcionada a milhares; e os obreiros são postos em contato pessoal com o povo de todas as línguas e nações. A Bíblia é introduzida nas famílias, e suas sagradas verdades encontram guarida na consciência. Os homens são solicitados a ler, examinar e julgar por si mesmos, e devem sentir a responsabilidade de receber ou rejeitar a iluminação divina. Deus não há de permitir que essa preciosa obra em Seu favor fique sem recompensa. Coroará de êxito todo o esforço humilde feito em Seu nome. -- Obreiros Evangélicos, 192. SC 107 2 Nossa obra nos foi designada por nosso Pai celeste. Cumpre-nos tomar a Bíblia e sair a advertir o mundo. Devemos ser as mãos auxiliadoras de Deus em salvar almas -- condutos por onde, dia a dia, o Seu amor flua para os que perecem. -- Testimonies for the Church 9:150. SC 107 3 Um chamado definido -- Muitos serão chamados para o trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e orando com as pessoas interessadas. -- Testemunhos Seletos 3:370. SC 107 4 Muitos obreiros devem desempenhar sua parte trabalhando de casa em casa e dando estudos bíblicos às famílias. -- Obreiros Evangélicos, 355. SC 107 5 Mulheres consagradas devem-se empenhar na obra bíblica feita de casa em casa. -- Testimonies for the Church 9:120, 121. SC 107 6 Se seguirmos as pegadas de Cristo, haveremos de nos aproximar daqueles que necessitam de nossos serviços. Havemos de explicar-lhes a Bíblia, apresentar-lhes as exigências da lei de Deus, ler as promessas aos hesitantes, despertar os descuidosos, fortalecer os fracos. -- Obreiros Evangélicos, 336. SC 107 7 No incidente ocorrido com Filipe e o etíope, é-nos apresentada a obra para que o Senhor chama o Seu povo. O etíope representa uma numerosa classe que necessita de missionários como Filipe, missionários que hão de ouvir a voz de Deus, e ir aonde Ele os envia. Há no mundo pessoas que lêem as Escrituras, mas não compreendem sua importância. Necessitam-se, pois, homens e mulheres que possuam o conhecimento de Deus para explicar a Palavra a essas almas. -- Testimonies for the Church 8:58, 59. SC 108 1 Entre os membros de nossas igrejas deve haver mais trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e distribuindo literatura. -- Testemunhos Seletos 3:345, 346. SC 108 2 Que os obreiros vão de casa em casa, abrindo a Bíblia ao povo. -- Obreiros Evangélicos, 353. SC 108 3 Existem em muitos Estados colônias de agricultores ricos e laboriosos, que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir a verdade para este tempo. Deve-se trabalhar nesses lugares. Que nossos membros leigos empreendam essa parte do serviço. Emprestando ou vendendo livros, distribuindo revistas e dando estudos bíblicos, nossos membros leigos poderão fazer muito em sua vizinhança. Cheios de amor poderão proclamar a mensagem com poder tal que muitos virão a converter-se. -- Testemunhos Seletos 3:301. SC 108 4 Cenas impressionantes -- Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. -- Testemunhos Seletos 3:345. SC 108 5 Dois obreiros bíblicos estavam de visita a uma família. Com a Bíblia aberta diante de si, apresentavam o Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa os pecados. Orações sinceras eram apresentadas a Deus, e corações eram abrandados e subjugados pela influência do Espírito de Deus. Suas orações eram pronunciadas com vigor e poder. Ao ser explicada a Palavra de Deus, vi que uma luz suave, radiante iluminava as Escrituras, e eu disse, em voz baixa: "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha". Lucas 14:23. -- Testemunhos Seletos 3:301, 302. SC 108 6 Muitos há que estão lendo as Escrituras sem compreender-lhes o verdadeiro significado. Em todo o mundo homens e mulheres olham atentamente para o Céu. De almas anelantes de luz, de graça, do Espírito Santo, sobem orações, lágrimas e indagações. Muitos estão no limiar do reino, esperando somente serem recolhidos. -- Atos dos Apóstolos, 109. SC 108 7 Preparo para a obra -- Os seguidores de Jesus não estão satisfazendo o propósito e a vontade de Deus, se se contentam com permanecer ignorantes de Sua Palavra. Todos se devem tornar estudantes da Bíblia. Cristo ordenou a Seus seguidores: "Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam". João 5:39. Pedro exorta-nos: "Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós". 1 Pedro 3:15. -- Testimonies for the Church 2:633, 634. SC 108 8 Aqueles que se acham verdadeiramente convertidos, têm de tornar-se mais e mais esclarecidos em sua compreensão das Escrituras, a fim de serem capazes de proporcionar palavras de luz e salvação àqueles que se acham em trevas, e perecendo em seus pecados. -- Testimonies for the Church 9:121. SC 108 9 Devemos dar a última advertência de Deus aos homens, e qual não deveria ser nosso fervor em estudar a Bíblia, e nosso zelo em espalhar a luz! Que cada alma que recebeu a iluminação divina procure comunicá-la. Que os obreiros vão de casa em casa, abrindo a Bíblia ao povo, disseminando nossa literatura, falando a outros da luz que lhes trouxe bênção a sua própria alma. -- Obreiros Evangélicos, 353. SC 109 1 Uma obra bem equilibrada melhor pode ser efetuada havendo em funcionamento uma escola de preparo para obreiros bíblicos. Enquanto se realizam as reuniões públicas, deve haver, em ligação com essa escola de preparo ou missão citadina, obreiros experientes, de profundo discernimento espiritual, que possam dar aos obreiros bíblicos instrução diária, e que também possam unir-se completamente às conferências públicas que se realizam. -- Testimonies for the Church 9:111. SC 109 2 O segredo do êxito -- Ponde sinceridade e fervor em vossas orações e em vossos estudos bíblicos, e em vossa pregação, para que possais deixar a impressão de que as sagradas verdades que apresentais aos outros são para vós uma viva realidade. O que quer que façais por Jesus, procurai com todas as vossas faculdades fazê-lo com fervor. Nunca julgueis ter alcançado o ponto mais elevado, não podendo, portanto, subir mais alto. [...] Exercei vossa mente, a fim de que possais apresentar a verdade de modo a interessá-los. Tomai as mais interessantes porções da Escritura que lhes possais apresentar, dirigi-vos logo ao ponto, e procurai prender-lhes a atenção, e instruí-los nos caminhos do Senhor. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1887. SC 109 3 Pode-se fazer grande trabalho apresentando ao povo a Bíblia tal como é. Levai a Palavra de Deus à porta de todo homem, insisti em suas positivas declarações diante da consciência de todo homem, repeti a todos o mandamento do Salvador: "Examinai as Escrituras". João 5:39. Admoestai-os a tomar a Bíblia assim como é, a implorar iluminação divina, e então, ao resplandecer a luz, a aceitar destemidamente cada raio precioso, suportando de boa vontade as conseqüências. -- Testemunhos Seletos 2:129. SC 109 4 Obra que dá prazer -- É obra que dá prazer, abrir aos outros as Escrituras. -- Testimonies for the Church 9:118. SC 109 5 Abri as Escrituras perante alguém que se ache em trevas, e não vos haveis de queixar de enfado e falta de interesse na causa da verdade. Despertar-se-á em vosso coração uma espécie de ansiedade em torno de outras almas, e ele experimentará alegria em face das evidências de sua própria fé; sabereis que aquele que rega também será regado. -- The Review and Herald, 13 de Março de 1888. ------------------------Capítulo 13 -- O ministério da página impressa SC 110 1 Obra de grande importância -- Se há um trabalho mais importante do que outro, é o de colocar nossas publicações perante o público, levando-o assim a examinar as Escrituras. A obra missionária -- introduzir nossas publicações nas famílias, conversar e orar com e por elas -- é uma boa obra. -- O Colportor Evangelista, 7. SC 110 2 Pergunte todo adventista do sétimo dia a si mesmo: "Que posso fazer para proclamar a mensagem do terceiro anjo?" Cristo veio ao mundo para dar essa mensagem ao Seu servo, que por sua vez a devia dar às igrejas. Ela deve ser proclamada a toda nação, tribo, língua e povo. Como a devemos dar? A distribuição de nossa literatura é um dos meios pelos quais a mensagem deve ser proclamada. Que todo crente espalhe largamente folhetos e livros que contenham a mensagem para este tempo. Necessitam-se colportores que saiam a fim de disseminar por toda parte nossas publicações. -- The Southern Work, 5 de Janeiro de 1904. SC 110 3 As revistas e os livros são o meio de o Senhor conservar a mensagem para este tempo continuamente perante o povo. As publicações farão muito maior obra iluminando e confirmando almas na verdade do que a que pode ser cumprida unicamente pelo ministério da palavra. Os silenciosos mensageiros que são colocados nos lares do povo pelo trabalho do colportor, fortalecerão o ministério evangélico em todo sentido; porque o Espírito Santo impressionará a mente ao lerem os livros do mesmo modo que o faz à mente dos que ouvem a pregação da Palavra. O mesmo ministério de anjos que auxilia a obra do pastor, acompanha os livros que contêm a verdade. -- Testemunhos Seletos 2:534. SC 110 4 Não se permita que a obra da colportagem esmoreça. Que os livros portadores da luz da verdade presente sejam postos diante do maior número possível de pessoas. Os presidentes de nossas associações, e outros que ocupam posições de responsabilidade, têm um dever a cumprir nesse sentido. -- The Southern Work, 25 de Abril de 1905. SC 110 5 O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. Nossas publicações devem mostrar que o fim de todas as coisas está às portas. -- Testemunhos Seletos 3:311. SC 110 6 Deus pede que Seu povo proceda como homens vivos, não sejam indolentes, descuidados e indiferentes. Cumpre-nos levar ao povo as publicações, e insistir para que as aceitem. -- The Southern Work, 25 de Abril de 1905. SC 111 1 Nossas publicações estão hoje espalhando a semente do evangelho e, da mesma maneira que a palavra falada do púlpito, são instrumentos em trazer muitas almas a Cristo. Igrejas inteiras têm surgido em resultado de sua circulação. Nessa obra todo discípulo de Cristo pode tomar parte. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1880. SC 111 2 Estava em nosso meio um mensageiro celeste, e proferiu palavras de advertência e instrução. Fez-nos compreender com clareza que o evangelho do reino é a mensagem por cuja falta o mundo perece, e que essa mensagem, contida em nossas publicações já editadas e nas que ainda viriam a aparecer, deveria espalhar-se entre o povo de perto e de longe. -- Testemunhos Seletos 3:317. SC 111 3 A obra da colportagem deve ser o meio de difundir pelo mundo, com rapidez, a sagrada luz da verdade presente. -- Testimonies for the Church 9:69. SC 111 4 Satanás está ativo neste departamento de sua obra, espalhando literatura que está rebaixando a moral e envenenando a mente dos jovens. Publicações atéias são espalhadas largamente através do país. Por que não deveria cada membro da igreja estar empenhado, com o mesmo profundo interesse, em espalhar publicações que elevem o espírito do povo, e lhes apresentem diretamente a verdade? Essas revistas e folhetos são para luz do mundo, e muitas vezes têm sido instrumentos na conversão de pecadores. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 111 5 Temos estado por assim dizer a dormir, relativamente à obra que pode ser efetuada pela circulação da literatura bem preparada. Preguemos agora a Palavra, com resoluta energia, pelo uso sábio de periódicos e livros, a fim de que o mundo compreenda a mensagem que Cristo deu a João na Ilha de Patmos. -- O Colportor Evangelista, 145. SC 111 6 Membros de igreja, deveis compreender a importância da circulação de nossa literatura, e devotar mais tempo a essa obra. Introduzi no lar do povo revistas, folhetos e livros, os quais, em suas várias maneiras, hão de pregar o evangelho. Não há tempo a perder. Que muitos se dediquem voluntária e desinteressadamente à obra da colportagem, ajudando assim a fazer soar uma advertência grandemente necessitada. Quando a igreja empreender a tarefa que lhe é indicada, ela sairá "formosa como a Lua, brilhante como o Sol, formidável como um exército com bandeiras". Cânticos 6:10. -- The Southern Work, 20 de Novembro de 1902. SC 111 7 A luz da verdade derrama seus brilhantes raios no mundo, mediante o esforço missionário. A imprensa é o meio pelo qual são alcançados muitos que seria impossível atingir por meio de esforço ministerial. -- Testemunhos Seletos 2:129. SC 111 8 A noite da prova é quase passada. Satanás está exercendo seu magistral poder, pois sabe que seu tempo é pouco. Os castigos de Deus se acham sobre o mundo, a fim de chamar a todos quantos conhecem a verdade a ocultar-se na fenda da Rocha, e contemplar a glória de Deus. A verdade não pode ser oculta agora. Devem fazer-se declarações positivas. A verdade deve ser apresentada sem disfarce, em folhas soltas e brochuras, e essas, espalhadas como folhas do outono. -- Testemunhos Seletos 3:394. SC 112 1 São necessários colportores para assumirem o trabalho de levar ao povo esses silenciosos mensageiros da verdade -- colportores que sintam a responsabilidade pelas almas, e que saibam falar palavras oportunas aos que estão à procura da luz. Dirão alguns: "Não sou pastor; não sei pregar ao povo." Podereis não ser capazes de pregar, mas podeis ser evangelista, ministrando às necessidades daqueles com quem entrais em contato; podeis ser a mão auxiliadora de Deus, trabalhando como trabalhavam os discípulos; podeis perguntar àqueles a quem visitais, se eles amam ao Senhor Jesus. -- The Southern Work, 20 de Novembro de 1902. SC 112 2 As casas publicadoras são agentes eficazes -- Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas casas publicadoras se encontram entre os mais eficazes agentes. -- Testemunhos Seletos 3:140. SC 112 3 Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. -- Testemunhos Seletos 3:140. SC 112 4 É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. -- Testemunhos Seletos 3:142. SC 112 5 Pede-se-me que diga a nossas casas editoras: "Erguei o estandarte. Erguei-o mais alto. Proclamai a terceira mensagem angélica, a fim de que ela seja ouvida por todo o mundo. Fazei ver que 'aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus'. Apocalipse 14:12. Que a nossa literatura proclame a mensagem, como um testemunho para todo o mundo." -- Testemunhos Seletos 3:311. SC 112 6 Extensão da obra de publicações -- Vós os que credes na verdade para este tempo, despertai! É vosso dever recolher agora todos os recursos possíveis, para ajudar os que compreendem a verdade, a proclamá-la. Parte do dinheiro que provém da venda de nossas publicações deve ser empregada para aumentar nossas instalações para a produção de mais literatura que abra olhos cegos e lavre o terreno baldio do coração. -- Testemunhos Seletos 3:312. SC 112 7 Anos atrás, o Senhor deu-me instruções especiais para que se erigissem na América do Norte, na Europa e outras terras, edifícios para a publicação de literatura contendo a luz da verdade presente. Ele deu instruções no sentido de que se fizessem todos os esforços para enviar ao mundo, mediante o prelo, as mensagens de convite e advertência. Pela nossa literatura serão alcançadas pessoas que o não seriam por nenhum outro meio. De nossos livros e revistas projetar-se-ão brilhantes raios de luz que iluminarão o mundo quanto à verdade presente. -- Testimonies for the Church 8:87. SC 113 1 Tem-me sido mostrado que nossas publicações devem ser impressas em diversas línguas, sendo enviadas a todas as terras civilizadas, custe o que custar. Que valor tem, neste tempo, o dinheiro, em comparação com o valor de almas? Cada centavo de nossos recursos deve ser considerado como pertencendo ao Senhor, e não a nós, como um precioso depósito a nós feito por Deus; não para ser desperdiçado para satisfação de desnecessárias condescendências, mas cuidadosamente empregado na causa de Deus, na obra de salvar da ruína homens e mulheres. -- Lar sem Sombras, 214. SC 113 2 A palavra da verdade, impressa, deve ser traduzida para diferentes línguas e levada aos confins da Terra. -- Testemunhos Seletos 3:294. SC 113 3 Estas publicações devem ser traduzidas para todas as línguas; pois o evangelho tem de ser pregado a todo o mundo. A todo obreiro, Cristo promete a eficiência divina, a qual dará êxito aos seus labores. -- Testimonies for the Church 9:34. SC 113 4 Nossas publicações devem ir por toda parte. Sejam elas editadas em muitas línguas. A terceira mensagem angélica deve ser dada por este meio e pelo professor vivo. Vós, os que credes na verdade para este tempo, despertai! -- O Colportor Evangelista, 104. SC 113 5 Muitos, dentre o povo de Deus, terão que levar nossas publicações a lugares onde a terceira mensagem angélica ainda não foi proclamada. Nossos livros têm que ser publicados em muitas línguas. Homens humildes e fiéis levarão esses livros, como colportores-evangelistas, apresentando a verdade aos que, de outro modo, jamais seriam esclarecidos. -- Testemunhos Seletos 3:301. SC 113 6 De cidade em cidade, país a país, eles devem levar as publicações que contêm a promessa da breve volta do Salvador. -- Testimonies for the Church 9:34. SC 113 7 Foi-me mostrado que as publicações já têm operado sobre alguns espíritos em outros países, quebrando as paredes dos preconceitos e da superstição. Foram-me apresentados homens e mulheres estudando com vivo interesse revistas e algumas páginas de folhetos que tratavam da verdade presente. Eles liam as evidências tão maravilhosas e novas para eles, e abriam a Bíblia com novo e profundo interesse, à medida que pontos da verdade, que lhes tinham sido obscuros, se tornavam claros, especialmente a luz sobre o sábado do quarto mandamento. Ao pesquisarem as Escrituras a ver se estas coisas eram assim, nova luz brilhava em seu entendimento, pois anjos adejavam sobre eles, impressionando-lhes o espírito com as verdades contidas nas publicações que acabavam de ler. SC 113 8 Vi-os segurando com uma das mãos revistas e folhetos, e tendo na outra a Bíblia, enquanto seu rosto estava banhado de lágrimas; e curvando-se perante Deus em oração fervorosa e humilde, suplicando que os guiasse em toda a verdade -- exatamente o que Ele estivera a fazer antes que O invocassem. E quando a verdade era recebida em seu coração, e lhe viam a harmoniosa cadeia, a Bíblia lhes parecia como um novo livro; apertavam-na de encontro ao coração numa grata alegria, ao mesmo tempo que sua fisionomia se iluminava de felicidade e satisfação. SC 114 1 Esses não se satisfaziam de fruírem sozinhos a luz, e punham-se a trabalhar em benefício de outros. Alguns faziam grandes sacrifícios por amor da verdade, e para auxiliar os irmãos que se achavam em trevas. O caminho se está preparando assim para uma grande obra na distribuição de folhetos e revistas em outras línguas. -- Lar sem Sombras, 214, 215. SC 114 2 Oportunidades para a distribuição gratuita -- Distribua-se judiciosamente literatura nos trens, na rua, nos grandes navios que singram o oceano, e pelo correio. -- Obreiros Evangélicos, 353. SC 114 3 Nestes dias de muito viajar, as oportunidades para entrar em contato com homens e mulheres de todas as classes, e de muitas nacionalidades, são muito maiores do que nos dias de Israel. As estradas de comércio têm-se multiplicado mil vezes. Deus tem preparado maravilhosamente o caminho. A agência da imprensa, com suas múltiplas facilidades, está ao nosso dispor. Bíblias e publicações em muitas línguas, expondo a verdade para este tempo, estão à nossa disposição, e podem ser levadas rapidamente para todas as partes do mundo. -- Obreiros Evangélicos, 352. SC 114 4 Fazei com que os folhetos, as revistas e livros sejam disseminados em todas as direções. Levai convosco, por onde quer que fordes, um pacote de escolhidos folhetos, os quais podeis passar a outros, logo que se ofereça ensejo. Vendei o que puderdes, e emprestai ou dai, segundo as circunstâncias. Seguir-se-ão importantes resultados. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 114 5 Foi-me mostrado que não estávamos cumprindo nosso dever quanto à distribuição gratuita de pequenas publicações. Existem muitas pessoas sinceras que poderiam ser levadas a abraçar a verdade unicamente por esse meio. [...] Estes pequenos folhetos, de quatro, oito ou dezesseis páginas, podem ser fornecidos por uma bagatela, mediante um fundo feito pelas ofertas daqueles que têm verdadeiro interesse pela causa. Quando escreveis a um amigo, podeis incluir um ou mais deles, sem aumento de porte. Ao encontrardes nos trens, no navio, ou na estação, pessoas que pareçam dispostas a ouvir, passai-lhes um folheto. -- Testimonies for the Church 1:551, 552. SC 114 6 Angariar assinaturas -- As irmãs podem trabalhar eficazmente em angariar assinaturas para nossas revistas, pondo assim a luz perante muitos espíritos. -- The Review and Herald, 10 de Junho de 1880. SC 114 7 Temos agora grandes facilidades para espalhar a verdade; mas nosso povo não está à altura dos privilégios que lhe são concedidos. Nem todas as igrejas vêem e sentem a necessidade de usar suas habilidades em salvar almas. Não reconhecem seu dever de angariar assinantes para nossos periódicos, inclusive a que trata sobre saúde, e de apresentar ao público nossos livros e folhetos. -- O Colportor Evangelista, 64, 65. SC 115 1 A venda de livros -- Muitos estão tristes e desanimados, fracos na fé e na confiança. Que estes façam alguma coisa para ajudar alguém mais necessitado do que eles mesmos, e tornar-se-ão fortes na força de Deus. Empenhem-se na boa obra de vender nossos livros. Assim ajudarão os outros e a experiência ganha lhes dará a certeza de que são a mão auxiliadora de Deus. Ao implorarem ao Senhor para os ajudar, Ele os guiará àqueles que estão buscando a luz. Cristo estará bem junto deles, ensinando-lhes o que dizer e fazer. Confortando outros, confortar-se-ão a si mesmos. -- O Colportor Evangelista, 22. SC 115 2 A obra nas cidades -- Vivemos numa época em que há uma grande obra a fazer. Existe na Terra fome do evangelho verdadeiro, e o pão da vida deve ser ministrado às almas famintas. Não existe uma oportunidade melhor de fazer essa obra do que a que se depara ao consagrado colportor. Milhares de livros contendo a luz preciosa da verdade presente devem ser introduzidos no lar do povo em nossas grandes cidades. -- The Southern Work, 20 de Novembro de 1902. SC 115 3 Publicam-se em nossas revistas benditas verdades bíblicas, capazes de salvar almas. Muitos há que podem auxiliar no trabalho de vender essas revistas. O Senhor nos chama a todos para procurarmos salvar as almas que perecem. Satanás está operando a fim de enganar até os escolhidos, e agora é o momento de trabalharmos vigilantemente. Nossos livros e revistas têm que ser postos em evidência perante o povo; o evangelho da verdade presente deve ser proclamado sem demora em nossas cidades. Não despertaremos para o cumprimento de nossos deveres? -- Testemunhos Seletos 3:313. SC 115 4 Literatura sobre saúde -- Devem os colportores chamar a atenção dos que visitam, para nossas publicações sobre saúde, falando-lhes das valiosas instruções que esses periódicos contêm acerca do cuidado dos doentes e do tratamento de doenças. Dizei-lhes que essas instruções, estudadas e praticadas, trarão saúde à família. Explicai quão importante é para cada família, compreender a ciência da vida. Dirigi-lhes a mente para Aquele que formou e mantém em movimento o admirável maquinismo do corpo. Dizei-lhes que é nossa parte cooperar com Deus, cuidando sabiamente de todas as nossas faculdades e órgãos. SC 115 5 O devido cuidado do corpo é grande responsabilidade, e requer inteligente conhecimento de suas partes. Dizei-lhes que Deus é desonrado quando, para satisfazer o apetite e a paixão, o homem abusa do maquinismo de seu corpo, de maneira que ele efetue seu trabalho debilmente e com dificuldade. Dizei-lhes que os livros que tendes à venda proporcionam muitas instruções valiosas acerca da saúde, e que pondo em prática essas instruções se pouparão muitos sofrimentos, assim como muito do dinheiro gasto em pagar contas de médico. Dizei-lhes que nesses livros há conselhos que não podem obter de seu médico nas breves visitas que ele faz. -- The Southern Work, 20 de Novembro de 1902. SC 116 1 Quando os jovens põem mãos à obra da colportagem com intenso desejo de salvar seus semelhantes, hão de ver almas convertidas. Ceifar-se-á, em resultado de seu trabalho, uma messe para o Senhor. Que saiam, pois, como missionários, para pôr em circulação a verdade presente, orando sempre em busca de mais luz e conhecimento, a fim de saberem dizer a seu tempo uma palavra ao cansado. Eles devem aproveitar todo o ensejo de praticar um ato de bondade, lembrando-se de que assim estão prestando serviço ao Senhor. [...] Em seu trabalho, devem levar sempre consigo alguns livros sobre saúde; pois a reforma de saúde é o braço direito da mensagem. -- The Southern Work, 15 de Janeiro de 1903. SC 116 2 Difundir indistintamente -- Há muitos lugares onde não pode chegar a voz do pastor, lugares que só podem ser alcançados pelas nossas publicações -- os livros, as revistas e os folhetos cheios da verdade bíblica de que o povo necessita. Nossa literatura deve ser distribuída por toda parte. A verdade tem de ser semeada em todas as águas; pois não sabemos qual há de prosperar, se esta, se aquela. Em nosso juízo falho, julgamos talvez que não devemos dar literatura a pessoas que no entanto seriam exatamente as primeiras a aceitar a verdade. Não sabemos quais podem ser os bons resultados de dar um folheto contendo a verdade presente. -- The Southern Work, 5 de Janeiro de 1904. SC 116 3 Entesourar cada fragmento -- No milagre de alimentar a multidão com alguns pães e peixes, o alimento foi aumentado ao passar das mãos de Cristo para as daqueles que o recebiam. O mesmo se dará na distribuição de nossa literatura. A verdade de Deus, ao ser passada adiante, multiplicar-se-á grandemente. E assim como os discípulos, a mandado de Cristo, apanharam os sobejos para que nada se perdesse, assim devemos nós entesourar cada fragmento da literatura depositária da verdade para este tempo. Ninguém pode avaliar a influência que pode exercer sobre o coração de algum indagador da verdade, até uma página rota que contenha as verdades da terceira mensagem angélica. -- The Southern Work, 5 de Janeiro de 1904. SC 116 4 Estabelecer depósitos -- Em todos os lugares importantes deve haver um depósito de publicações. E alguém que aprecia profundamente a verdade deve interessar-se em fazer chegar esses livros às mãos de todos quantos os queiram ler. -- Testimonies for the Church 1:473. SC 117 1 Os anjos preparam o caminho -- Vi que a obra da presente verdade deve atrair o interesse de todos. A publicação da verdade é um plano ordenado por Deus, como meio de advertir, confortar, reprovar, exortar, ou convencer a todos cuja atenção o mensageiro silencioso e mudo vier a ser apresentado. Anjos de Deus têm sua parte a desempenhar no preparar corações para serem santificados pelas verdades publicadas, a fim de que se possam aprontar para as solenes cenas que se acham perante eles. -- Testimonies for the Church 1:590. ------------------------Capítulo 14 -- Liberdade religiosa SC 118 1 Oração adequada -- Davi orou: "Já é tempo de operares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei". Salmos 119:126. Esta oração não é menos oportuna hoje. O mundo desviou-se de Deus, e seu estado de ilegalidade devia levar o terror ao coração, e levar todos os que são leais ao grande Rei a trabalharem em favor de uma reforma. O poder papal tem pensado em mudar a lei de Deus, substituindo o sábado de Jeová por um sábado falso; e através de todo o mundo religioso o falso sábado é reverenciado, enquanto o verdadeiro é pisado por pés profanos. [...] SC 118 2 É acerca da lei de Deus que virá o último e grande conflito entre Cristo e Seus anjos e Satanás e os seus, e será decisivo para todo o mundo. [...] Homens em posições de responsabilidade não só desatenderão e desprezarão o sábado eles mesmos, mas da tribuna sagrada instarão com o povo para que guardem o primeiro dia da semana, alegando a tradição e o costume em favor dessa instituição de feitura humana. Apontarão para as calamidades em terra e mar -- as tempestades, as inundações, os terremotos, a destruição pelo fogo -- como juízos indicadores do desprazer de Deus por não ser santificado o domingo. Essas calamidades aumentarão mais e mais, uma catástrofe seguirá de perto a outra; e os que quebrantam a lei de Deus apontarão para os poucos que observam o sábado do quarto mandamento como aqueles que trazem sobre o mundo a ira. Essa falsidade é estratégia de Satanás para apanhar os incautos. -- The Southern Work, 28 de Junho de 1904. SC 118 3 Acontecimentos vindouros -- Nosso povo tem sido considerado por demais insignificante para ser digno de nota; mas virá uma mudança. O mundo cristão está agora procedendo a movimentos que necessariamente trarão em preeminência o povo observador dos mandamentos. Há uma constante suplantação da verdade de Deus pelas teorias e falsas doutrinas de origem humana. Estão-se processando movimentos para escravizar a consciência dos que querem ser leais a Deus. Os poderes legisladores serão contra o povo de Deus. Toda alma será provada. -- Testimonies for the Church 5:546. SC 118 4 Os homens exaltarão e imporão rigidamente leis que estarão em direta oposição à lei de Deus. Embora zelosos no impor seus próprios mandamentos, volverão as costas a um claro "assim diz o Senhor". Exaltando um dia de repouso falso, procurarão forçar os homens a desonrar a lei de Jeová -- a reprodução de Seu caráter. Embora inocentes de qualquer mal, os servos de Deus serão entregues a humilhação e afrontas nas mãos dos que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e fanatismo religioso. SC 119 1 Poderes religiosos, aliados ao Céu por profissão, e declarando ter as características de um cordeiro, por seus atos mostrarão que têm o coração de dragão, e são instigados e dominados por Satanás. Está chegando o tempo em que o povo de Deus sentirá a mão da perseguição, por santificarem o sétimo dia. [...] Mas o povo de Deus deve ficar firme a favor dEle. E o Senhor operará em Seu favor, mostrando claramente ser Ele o Deus dos deuses. -- Testemunhos Seletos 3:393. SC 119 2 Toda indignidade, toda injúria, toda crueldade que Satanás podia instigar o coração humano a imaginar, têm recaído sobre os seguidores de Jesus. E isso será de novo notadamente cumprido; pois o coração carnal está ainda em inimizade com a lei de Deus, e não se sujeitará a Seus mandamentos. O mundo não está hoje em maior harmonia com os princípios de Cristo, do que esteve no dia dos apóstolos. O mesmo ódio que motivou o clamor: "Crucifica-O! Crucifica-O!" (Lucas 23:21), o mesmo ódio que levou a perseguição aos discípulos, ainda opera nos filhos da desobediência. O mesmo espírito que nos séculos escuros enviou homens e mulheres à prisão, ao exílio, e à morte; que concebeu as atrozes torturas da inquisição; que planejou e executou o massacre de São Bartolomeu e acendeu as fogueiras de Smithfield, está ainda agindo com maligna energia em corações não regenerados. A história da verdade tem sido sempre o relato da luta entre o direito e o erro. A proclamação do evangelho sempre tem sido levada avante neste mundo em face de oposição, perigos, perdas e sofrimentos. -- Atos dos Apóstolos, 84, 85. SC 119 3 A igreja remanescente terá de passar por grande prova e aflição. Aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e de seus exércitos. Satanás reputa por súditos seus os habitantes do mundo; adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas eis um pequeno grupo que resiste à sua supremacia. Se ele os pudesse desarraigar da Terra, completo seria seu triunfo. Como influenciava nas nações pagãs para destruírem Israel, assim, num próximo futuro, ele incitará as maléficas potências terrestres para destruir o povo de Deus. Exigir-se-á de todos que rendam obediência a decretos humanos, para violação da lei divina. Aqueles que se conservarem fiéis a Deus e ao dever, serão traídos "pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos". -- Testimonies for the Church 9:231. SC 119 4 Não está longe o tempo quando virá a prova a cada alma. A observância do falso sábado será imposta sobre todos. A controvérsia será entre os mandamentos de Deus e os mandamentos dos homens. Os que passo a passo têm-se rendido às exigências mundanas e se conformado a mundanos costumes, então render-se-ão aos poderes existentes, em vez de se sujeitarem ao escárnio, ao insulto, às ameaças de prisão e morte. Nesse tempo o ouro será separado da escória. [...] Muitas estrelas que temos admirado por seu brilho tornar-se-ão trevas. Os que têm cingido os ornamentos do santuário, mas não estão vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão então na vergonha de sua própria nudez. -- Profetas e Reis, 188. SC 120 1 Há perante nós a perspectiva de uma luta contínua, com risco de prisão, perda de propriedade, e da própria vida, para defender a lei de Deus, que é anulada pelas leis dos homens. -- Testemunhos Seletos 2:319. SC 120 2 Aproxima-se rapidamente o tempo em que aqueles que tomam a defesa da verdade hão de saber, por experiência, o que significa participar das aflições de Cristo. O grande opressor vê que ele não tem senão pouco tempo para trabalhar, que perderá em breve seu domínio sobre o homem, e seu poder lhe será tirado, e trabalha com todo o engano da injustiça naqueles que perecem. A superstição e o erro tripudiam sobre a verdade, a justiça e a eqüidade. Todo o poder contrário à verdade está-se robustecendo. -- The Southern Work, 31 de Outubro de 1905. SC 120 3 O trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade terá de realizar em terrível crise, sob as circunstâncias mais desanimadoras e difíceis. As advertências que a conformidade com o mundo tem silenciado ou retido, precisam ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da fé. E por aquele tempo a classe dos superficiais, conservadores, cuja influência tem retardado decididamente o progresso da obra, renunciará à fé e tomará sua posição com os francos inimigos dela, para os quais havia muito tendiam suas simpatias. Esses apóstatas hão de manifestar então a mais cruel inimizade, fazendo tudo quanto estiver ao seu alcance para oprimir e fazer mal a seus antigos irmãos e incitar indignação contra eles. Esse tempo se acha justamente diante de nós. Os membros da igreja serão individualmente provados. Serão colocados em circunstâncias em que se verão forçados a dar testemunho da verdade. Muitos serão chamados a falar diante de concílios e em tribunais de justiça, talvez separadamente e sozinhos. A experiência que os haveria ajudado nessa emergência, negligenciaram obter, e sua alma se acha opressa de remorsos pelas oportunidades desperdiçadas e os privilégios que negligenciaram. -- Testemunhos Seletos 2:164, 165. SC 120 4 O mundo protestante moderno vê no pequeno grupo de observadores do sábado um Mardoqueu à porta. Seu caráter e conduta, exprimindo a verdadeira reverência pela lei de Deus, são uma acusação constante para os que renunciaram o temor do Senhor, calcando a pés Seu santo sábado. Os intrusos e inoportunos precisam de alguma maneira ser eliminados. SC 120 5 Satanás há de incitar a indignação contra uma minoria que conscienciosamente se recusa a aceitar costumes e tradições populares. Homens de destaque e reputação hão de associar-se aos que são adversos à lei e aos maus, a fim de tomarem conselho contra o povo de Deus. A riqueza, o gênio e a educação hão de aliar-se a fim de cobri-los de ignomínia. Juízes perseguidores, pastores e membros de igreja, hão de conspirar contra eles. De viva voz e com a pena, com ameaça, escárnio e zombaria, hão de tentar derrotar a sua fé. Desvirtuando os fatos e por meio de apelos violentos hão de procurar instigar as paixões do povo. Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um "está escrito", à falta deste, lançarão mão da violência. A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais. [...] Neste campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a verdade e o erro. -- Testemunhos Seletos 2:150. SC 121 1 A perseguição é essencial -- Quando foram espalhados pela perseguição, saíram cheios de zelo missionário. Compenetraram-se da responsabilidade de sua missão. Sabiam ter nas mãos o pão da vida para um mundo faminto; e eram constrangidos pelo amor de Cristo a distribuir este pão a todos os que estivessem em necessidade. -- Atos dos Apóstolos, 106. SC 121 2 Deus quer que a verdade probante seja colocada em primeiro plano, tornando-se assim um objeto de estudo e exame, malgrado o desprezo que muitos lhe votem. O espírito do povo precisa ser agitado. Cada contestação, cada censura, cada calúnia será um meio nas mãos de Deus para provocar curiosidade e despertar os espíritos que, de outro modo, continuariam adormecidos. -- Testemunhos Seletos 2:153. SC 121 3 Por que a perseguição demora ainda -- O apóstolo Paulo declara que "todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições". 2 Timóteo 3:12. Por que é, pois, que a perseguição, em grande parte, parece adormentada? A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. A religião que em nosso tempo prevalece não é do caráter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de Cristo e Seus apóstolos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da Palavra de Deus tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo, é aparentemente tão popular no mundo. Haja um reavivamento da fé e poder da igreja primitiva, e o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se as fogueiras da perseguição. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 48. SC 121 4 Perseguição de união tríplice -- Mediante os dois grandes erros -- a imortalidade da alma e a santidade do domingo -- Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência. -- O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 588. SC 122 1 O último ato do drama -- A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o último ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade, e a Terra descobrirá seu sangue, e não mais esconderá seus mortos. -- Testemunhos Seletos 3:142, 143. SC 122 2 Quando nossa nação [Estados Unidos] renunciar aos princípios de seu governo de tal forma que vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao papado; isso não será outra coisa senão dar vida à tirania que há muito aguarda ansiosa sua oportunidade de saltar de novo para o despotismo ativo. -- Testemunhos Seletos 2:318, 319. SC 122 3 Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança os Estados Unidos for induzido a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dele um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. -- Testemunhos Seletos 2:150, 151. SC 122 4 Não vem muito distante o tempo em que, como os antigos discípulos, seremos forçados a buscar refúgio em lugares desolados e solitários. Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas. -- Testemunhos Seletos 2:166. SC 122 5 Muitos estão cegos -- Muitos há, mesmo entre os que se empenham neste movimento em favor da imposição do domingo, que se acham cegos aos resultados que seguirão a essa ação. Não vêem que golpeiam diretamente a liberdade religiosa. Muitos existem que jamais compreenderam as reivindicações do sábado bíblico e o falso fundamento sobre o qual repousa a instituição do domingo. -- Testemunhos Seletos 2:318. SC 122 6 Responsabilidades e deveres do povo de Deus -- A bandeira da verdade e da liberdade religiosa desfraldada pelos fundadores da igreja evangélica e pelas testemunhas de Deus durante os séculos decorridos desde então, foi, neste último conflito, confiada a nossas mãos. A responsabilidade deste grande dom repousa com aqueles a quem Deus abençoou com o conhecimento de Sua Palavra. Temos de receber essa Palavra como autoridade suprema. Cumpre-nos reconhecer o governo humano como uma instituição designada por Deus, e ensinar obediência ao mesmo como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. Um "Assim diz o Senhor", não deve ser posto à margem por um "Assim diz a igreja", ou um "Assim diz o Estado". A coroa de Cristo tem de ser erguida acima dos diademas de autoridades terrestres. -- Atos dos Apóstolos, 68, 69. SC 123 1 Como um povo não temos cumprido a obra que Deus nos confiou. Não estamos preparados para o desfecho ao qual nos levará a imposição da lei dominical. É nosso dever, ao vermos os sinais do perigo que se aproxima, despertar-nos para a ação. Que ninguém se assente em calma expectativa do mal, confortando-se com a crença de que esta obra terá de prosseguir porque a profecia o predisse, e que o Senhor guardará o Seu povo. Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. Fervente e eficaz oração deve ascender ao Céu para que essa calamidade seja deferida até que possamos realizar a obra por tanto tempo negligenciada. Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações. -- Testemunhos Seletos 2:320, 321. SC 123 2 É nosso dever fazer tudo ao nosso alcance, a fim de advertir contra o perigo iminente. Devemos esforçar-nos por destruir os preconceitos, assumindo a legítima atitude diante dos homens. Devemos esclarecer-lhes a questão propriamente dita em torno da qual gira a controvérsia, e deste modo lavrar o mais eficaz protesto contra medidas tendentes a restringir a liberdade de consciência. -- Testemunhos Seletos 2:152. SC 123 3 Se Deus nos proporcionou luz que mostra os perigos à nossa frente, como poderemos subsistir perante Ele se negligenciarmos fazer todos os esforços que pudermos para apresentá-la ao povo? Poderemos contentar-nos com deixá-los a ir ao encontro desse acontecimento momentoso sem os advertir? -- Testemunhos Seletos 2:319. SC 123 4 Quando os Reformadores Nacionais começaram a instar por medidas tendentes a restringir a liberdade religiosa, nossos dirigentes deviam ter estado despertos à situação e deveriam ter trabalhado fervorosamente para neutralizar esses esforços. Não é ordenado por Deus que a luz tenha sido retida de nosso povo -- a própria verdade presente de que careciam para este tempo. Nem todos os nossos pastores que estão proclamando a mensagem do terceiro anjo, compreendem realmente o que constitui essa mensagem. O movimento da Reforma Nacional foi por alguns considerado de tão pouca importância que não julgaram necessário dar-lhe muita atenção, julgando mesmo que, assim procedendo, concederiam tempo para questões diferentes da mensagem do terceiro anjo. Que o Senhor perdoe a nossos irmãos por assim terem interpretado a própria mensagem para este tempo. -- Testemunhos Seletos 2:321, 322. SC 124 1 Por muitos anos temos aguardado a imposição de uma lei dominical em nossa terra; e, agora que o movimento nos está sobre a cabeça, perguntamos: cumprirá nosso povo seu dever na questão? Não poderemos ajudar a erguer a norma e chamar para a frente os que têm consideração pelos seus direitos e privilégios religiosos? Aproxima-se rápido o tempo em que os que preferem obedecer a Deus a obedecer ao homem serão levados a sentir a mão da opressão. Desonraremos, pois, a Deus conservando-nos silenciosos enquanto Seus santos mandamentos são pisados a pés? Enquanto o mundo protestante está por sua atitude fazendo concessões a Roma, despertemos para compreender a situação e observar em seus verdadeiros lances a contenda ante nós. Ergam os vigias agora a voz e dêem a mensagem que é verdade presente para este tempo. Mostremos ao povo onde nos encontramos na história profética e procuremos despertar o espírito do verdadeiro protestantismo, acordando o mundo para a intuição do valor dos privilégios da liberdade religiosa por tanto tempo usufruídos. -- Testemunhos Seletos 2:323. SC 124 2 O povo de nossa terra precisa ser despertado, para resistir aos avanços desse perigosíssimo inimigo da liberdade civil e religiosa. -- The Spirit of Prophecy 4:382. SC 124 3 Ficaremos de braços cruzados, sem fazer coisa alguma nessa crise? [...] Deus nos ajude a despertar do entorpecimento que há anos nos sobreveio. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. SC 124 4 Sábia direção -- Desafiar as leis dominicais não fará senão fortalecer em suas perseguições os fanáticos religiosos que as buscam impor. Não lhes deis ocasião alguma de vos chamarem violadores da lei. Se lhes é permitido refrear unicamente indivíduos que não temam a Deus nem aos homens, em breve as rédeas perdem para eles a novidade, e verão que não lhes é coerente nem proveitoso serem estritos quanto à observância do domingo. Prossegui com vosso trabalho missionário, de Bíblia na mão, e o inimigo há de ver que derrotou sua própria causa. Ninguém receberá o sinal da besta pelo fato de mostrar que compreende a sabedoria de manter a paz mediante a abstenção de trabalho que constitua delito, fazendo ao mesmo tempo uma obra da mais elevada importância. SC 124 5 Se dedicarmos o domingo à atividade missionária, a chibata será arrebatada das mãos dos fanáticos arbitrários, que se teriam deleitado em humilhar os adventistas do sétimo dia. Ao verem que nos domingos, nos empenhamos em visitar o povo e abrir perante eles as Escrituras, reconhecerão que lhes é inútil procurar estorvar nossa obra fazendo leis dominicais. -- Testemunhos Seletos 3:395. SC 125 1 O domingo pode ser empregado para desenvolver vários ramos de trabalho que muito farão em proveito do Senhor. Podem realizar-se nesse dia reuniões ao ar livre, ou em casas de família. Pode fazer-se trabalho de casa em casa. Os que escrevem, podem consagrar esse dia para redigir seus artigos. Realizem-se cultos religiosos no domingo, sempre que possível. Tornem-se essas reuniões vivamente interessantes. Cantem-se verdadeiros hinos de reavivamento, e fale-se com firmeza e poder do amor de Cristo. Fale-se acerca da temperança e da religião genuína. SC 125 2 Dediquem os professores em nossas escolas o domingo a trabalhos missionários. Fui instruída de que seriam assim capazes de derrotar os propósitos do inimigo. Tomem os professores consigo os estudantes, para realizarem reuniões em favor dos que não conhecem a verdade. Desse modo realizarão muito mais do que conseguiriam de outra maneira. -- Testemunhos Seletos 3:396. SC 125 3 A vitória da verdade -- O ceticismo pode ameaçar os reclamos da lei de Deus com zombaria e contestação. O espírito de mundanidade pode contaminar a muitos e controlar alguns; a causa de Deus pode conservar sua posição unicamente mediante grande esforço e contínuo sacrifício; mas no final a verdade triunfará gloriosamente. SC 125 4 Na conclusão da obra de Deus na Terra, a norma de Sua lei será de novo exaltada. A falsa religião pode prevalecer, a iniqüidade abundar, o amor de muitos esfriar, a cruz do Calvário pode ser perdida de vista, e as trevas, como um manto de morte, podem espalhar-se sobre o mundo; toda a força da corrente popular pode ser voltada contra a verdade; trama após trama pode ser formada para aniquilar o povo de Deus; mas na hora de maior perigo, o Deus de Elias levantará instrumentos humanos para dar uma mensagem que não será silenciada. Nas populosas cidades da Terra, e nos lugares onde os homens têm ido mais longe em falar contra o Altíssimo, a voz de severa repreensão será ouvida. Corajosamente, homens indicados por Deus denunciarão a união da igreja com o mundo. Com fervor chamarão a homens e mulheres para que voltem da observância de uma instituição de feitura humana para a guarda do verdadeiro sábado. -- Profetas e Reis, 186, 187. SC 125 5 Uma luz na escuridão -- Entre os habitantes do mundo, espalhados por toda a Terra, há os que não têm dobrado os joelhos a Baal. Como as estrelas do céu, que aparecem à noite, esses fiéis brilharão quando as trevas cobrirem a Terra, e densa escuridão os povos. Na África pagã, nas terras católicas da Europa e da América do Sul, na China, na Índia, nas ilhas do mar e em todos os escuros recantos da Terra, Deus tem em reserva um firmamento de escolhidos que brilharão em meio às trevas, revelando claramente a um mundo apóstata o poder transformador da obediência a Sua lei. Mesmo agora eles estão aparecendo em toda nação, entre toda língua e povo; e na hora da mais profunda apostasia, quando o supremo esforço de Satanás for feito no sentido de que "todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos" (Apocalipse 13:16), recebam, sob pena de morte, o sinal de submissão a um falso dia de repouso, esses fiéis, "irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa", resplandecerão "como astros no mundo". Filipenses 2:15. Quanto mais escura a noite, com maior brilho eles refulgirão. -- Profetas e Reis, 188, 189. SC 126 1 Quando a tempestade da perseguição realmente rebentar sobre nós, as ovelhas fiéis hão de ouvir a voz do Pastor verdadeiro. Far-se-ão abnegados esforços para salvar os perdidos, e muitos que se têm extraviado do aprisco hão de voltar a seguir o grande Pastor. -- The Signs of the Times, 26 de Janeiro de 1903. SC 126 2 A proteção divina -- Mas embora o conflito seja incessante, ninguém é deixado a lutar sozinho. Anjos ajudam e protegem os que andam humildemente diante de Deus. O Senhor jamais trai a quem nEle confia. Quando Seus filhos dEle se aproximam em busca de proteção contra o mal, em piedade e amor Ele levanta para eles um estandarte contra o inimigo. Não lhes toque, Ele diz; pois são Meus. Tenho-os gravados nas palmas das Minhas mãos. -- Profetas e Reis, 571. SC 126 3 O Céu está mais próximo daqueles que sofrem por amor da justiça. Cristo identifica os Seus interesses com os interesses do Seu fiel povo; Ele sofre na pessoa dos Seus santos; e seja o que for que toque em Seus escolhidos, toca nEle. O poder que está perto para libertar do dano físico e da angústia está perto também para salvar do mal maior, tornando possível ao servo de Deus manter sua integridade sob todas as circunstâncias. -- Profetas e Reis, 545. SC 126 4 Às vezes pode parecer que o Senhor esqueceu os perigos de Sua igreja, e o dano a ela feito por seus inimigos. Mas Deus não esqueceu. Nada neste mundo é tão caro ao coração de Deus como Sua igreja. Não é Sua vontade que métodos mundanos corrompam o seu registro. Ele não deixa que Seu povo seja vencido pelas tentações de Satanás. Ele punirá os que O representarem mal, mas será misericordioso para com todos os que sinceramente se arrependerem. -- Profetas e Reis, 590. ------------------------Capítulo 15 -- Recolta de donativos SC 127 1 O problema perturbador -- Durante anos, temos andado preocupados com a pergunta: Como poderemos reunir fundos suficientes para a manutenção das missões que o Senhor tem aberto perante nós? Lemos as ordens positivas do evangelho; e as missões, tanto nos campos nacionais como nos estrangeiros, apresentam suas necessidades. As indicações, sim, as positivas revelações da Providência, unem-se em incitar-nos para fazer rapidamente a obra que espera ser feita. -- Obreiros Evangélicos, 349. SC 127 2 Um plano bem-sucedido -- Um dos novos planos para nos aproximarmos dos descrentes é a Recolta de Donativos para as missões. Em muitos lugares, durante os anos passados, ele se tem demonstrado um sucesso, trazendo bênçãos a muitos, aumentando também a afluência de meios ao tesouro da missão. Ao serem os estranhos à nossa fé informados dos progressos da terceira mensagem angélica nos países pagãos, suas simpatias se têm despertado, e alguns têm procurado conhecer mais da verdade que tanto poder tem para transformar corações e vidas. Têm sido alcançados homens e mulheres de todas as classes, e o nome do Senhor, sido glorificado. -- Consacrated Efforts to Reach Unbelievers, 5 de Junho de 1914. SC 127 3 Talvez alguns ponham em dúvida a conveniência de receber donativos dos descrentes. Que esses perguntem a si mesmos: "Quem é o verdadeiro dono de nosso mundo? A quem pertencem suas casas e terras, e seus tesouros de ouro e prata?" Deus possui abundantes bens neste mundo, e colocou-os nas mãos de todos, tanto dos obedientes, como dos desobedientes. Ele está pronto a tocar no coração dos homens do mundo, mesmo dos idólatras, para, de sua abundância, darem alguma coisa para o sustento de Sua obra; e Ele o fará logo que Seu povo aprenda a aproximar-se sabiamente desses homens, chamando-lhes a atenção para aquilo que eles têm o privilégio de fazer. Se as necessidades da obra do Senhor fossem apresentadas na devida luz perante aqueles que possuem bens e influência, esses homens poderiam fazer muito para o avanço da causa da verdade presente. O povo de Deus tem perdido muitos privilégios que teriam podido aproveitar se não houvessem preferido manter-se independentes do mundo. SC 127 4 O Senhor move ainda o coração dos reis e governadores em favor de Seu povo. Aqueles que se acham a Seu serviço, devem aproveitar o auxílio que Ele induz os homens a darem para o avançamento de Sua causa. Os agentes por cujo intermédio vêm essas dádivas podem abrir caminhos por onde a luz da verdade seja levada a muitas terras entenebrecidas. Talvez esses homens não tenham simpatia alguma pela obra de Deus, nenhuma fé em Cristo, conhecimento algum de Sua Palavra; mas nem por isso suas ofertas devem ser rejeitadas. SC 128 1 O Senhor colocou Seus bens, tanto nas mãos de descrentes, como nas de crentes; todos podem devolver-Lhe o que Lhe pertence para se fazer a obra que tem de ser efetuada em favor do mundo caído. Enquanto nos acharmos neste mundo, enquanto o Espírito de Deus contender com os filhos dos homens, teremos de receber e prestar favores. Temos de dar ao mundo a luz da verdade tal como se acha revelada nas Escrituras; e de receber do mundo aquilo que Deus os impele a dar em benefício de Sua causa. -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 128 2 Embora quase totalmente de posse de homens ímpios, o mundo inteiro, com suas riquezas e tesouros, pertence a Deus. "A Terra é do Senhor, e toda a sua plenitude" (1 Coríntios 10:26), "Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos". Ageu 2:8. "Meu é todo o animal da selva, e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e Minhas são todas as feras do campo. Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude." Oh, que os cristãos reconhecessem mais e cada vez mais plenamente que é privilégio e dever seu, ao mesmo tempo que mantêm princípios retos, prevalecer-se de todas as oportunidades deparadas pelo Céu para avançar o reino de Deus no mundo! -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 128 3 Advertências aos obreiros -- A todos quantos se acham prestes a começar especial obra missionária com a revista preparada para usar na campanha da Recolta de Donativos, desejaria dizer: Sede diligentes em vossos esforços; vivei sob a direção do Espírito Santo. Ampliai diariamente vossa experiência cristã. Que aqueles que possuem aptidões especiais trabalhem pelos descrentes colocados nas mais altas posições, assim como nas mais humildes. Buscai diligentemente as almas que estão a perecer. Oh! pensai no ansioso desejo que tem Cristo de fazer voltar ao aprisco aqueles que se têm extraviado! cuidai das pessoas como quem tem de dar contas por elas. Na obra missionária em vossa igreja e na vizinhança fazei que vossa luz espalhe tão luminosos e firmes raios, que no juízo, homem algum se possa erguer e dizer: "Por que não me falaste acerca dessa verdade? Por que não cuidaste por minha alma?" Sejamos, pois, diligentes na distribuição da literatura cuidadosamente preparada para se usar entre os que não pertencem à nossa fé. Aproveitemos o melhor possível qualquer oportunidade de atrair a atenção dos descrentes. Ponhamos literatura em todas as mãos dispostas a recebê-la. Consagremo-nos à proclamação da mensagem: "Preparai o caminho do Senhor: endireitai no ermo vereda a nosso Deus". Isaías 40:3. -- Consacrated Efforts to Reach Unbelievers, 5 de Junho de 1914. SC 129 1 Requisitos para o êxito -- Ao seguir qualquer plano que possa ser posto em operação para levar a outros o conhecimento da verdade presente, e das maravilhosas providências relacionadas com o avançamento da causa, primeiro consagremo-nos inteiramente Àquele cujo nome desejamos exaltar. Oremos também fervorosamente em favor daqueles que esperamos visitar, trazendo-os um a um à presença de Deus, com uma fé viva. O Senhor conhece os pensamentos e propósitos do homem, e quão facilmente Ele nos pode enternecer o coração! Como Seu Espírito, qual um fogo, pode submeter o coração empedernido! Como Ele pode encher a alma de amor e ternura! Como nos pode dar as graças de Seu Santo Espírito, e habilitar-nos para entrar e sair, no trabalho em prol de almas! -- Consacrated Efforts to Reach Unbelievers, 5 de Junho de 1914. SC 129 2 A obra do Senhor poderia receber favores muito maiores do que está recebendo, se nos aproximássemos dos homens com sabedoria, familiarizando-os com a obra, e dando-lhes oportunidade de fazer aquilo que é nosso privilégio induzi-los a fazer, em favor do seu avanço. Se nós, como servos de Deus, adotarmos um procedimento sábio e prudente, Sua boa mão nos fará prosperar em nossos esforços. SC 129 3 Se todos os que se acham empenhados na obra do Senhor reconhecessem quanto depende de sua fidelidade e sábia previsão, muito maior prosperidade lhes acompanharia os esforços. Por motivo de desconfiança e timidez muitas vezes deixamos de conseguir dos poderes constituídos aquilo que é por direito alcançável. Deus operará por nós, quando estivermos dispostos a fazer o que pudermos e o que devemos fazer de nossa parte. -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 129 4 A obra missionária local e a estrangeira -- A obra missionária local progredirá muito mais, sob todos os seus aspectos, quando se manifestar pela prosperidade das missões estrangeiras um espírito de maior liberalidade, abnegação e sacrifício; pois, abaixo de Deus, a prosperidade da obra local depende em muito da influência reflexa da obra evangélica feita nos países distantes. É no trabalho ativo para prover às necessidades da causa de Deus, que pomos nossa alma em contato com a Fonte de todo o poder. -- Testimonies for the Church 6:27. SC 129 5 Um negociante americano, que é cristão zeloso, disse, em conversação com um colega, que trabalhava para Cristo durante 24 horas por dia. "Em todas as minhas transações, observou ele, faço por representar meu Mestre. Em tendo oportunidade, procuro ganhar outros para Cristo. Trabalho para Ele todo o dia. E à noite, quando estou dormindo, tenho alguém trabalhando por mim na China." Explicando-se, disse: "Na minha mocidade determinei ir como missionário para o meio dos pagãos. Com a morte de meu pai, porém, fui obrigado a tomar conta do negócio a fim de prover à subsistência da família. Agora, em vez de eu mesmo ir, sustento um missionário. Esse missionário está em tal e tal cidade de tal e tal província da China. E é assim que, estando eu dormindo, o meu trabalho para Cristo prossegue por intermédio de meu representante." SC 130 1 Não há, porventura, algum adventista do sétimo dia que queira proceder de modo idêntico? Em vez de reter os pastores a trabalhar pelas igrejas que já conhecem a verdade, digam os seus membros a esses obreiros: "Ide trabalhar pelas almas que perecem em trevas. Tomaremos à nossa conta o serviço da igreja. Manteremos as reuniões e, permanecendo em Cristo, nos esforçaremos por conservar vida espiritual. Trabalharemos pelas almas que estão ao nosso redor, e enviaremos as nossas orações e ofertas para sustentar os obreiros nos campos mais necessitados e pobres". -- Testimonies for the Church 6:29, 30. SC 130 2 Um exemplo digno -- A viúva pobre que lançou duas moedas na tesouraria do Senhor, longe estava de imaginar o que fazia. Seu exemplo de sacrifício pessoal exerceu e exerce influência sobre milhares de corações em todas as terras e em todas as eras. Tem trazido para o tesouro de Deus dádivas de nobres e humildes, ricos e pobres. Tem ajudado a manter missões, a estabelecer hospitais, a alimentar os famintos, vestir os nus, curar os doentes e pregar o evangelho aos pobres. Multidões têm sido abençoadas pelo seu ato de desprendimento. -- Testimonies for the Church 6:310. SC 130 3 Lições da vida de Neemias -- Em anos passados falei a favor do plano de apresentar nossa obra missionária e seus progressos aos nossos amigos e vizinhos, e referi-me ao exemplo de Neemias. E agora desejo instar com nossos irmãos e irmãs para que estudem novamente a experiência desse homem de oração, de fé e de são discernimento, o qual ousou pedir a seu amigo, o rei Artaxerxes, auxílio para levar avante os interesses da causa de Deus. -- Consacrated Efforts to Reach Unbelievers, 5 de Junho de 1914. SC 130 4 Solicitações àqueles que têm condições de ofertar -- Os homens de oração devem ser homens de ação. Os que são prontos e voluntários, encontrarão meios e modos de trabalhar. Neemias não ficou dependendo de coisa incerta. Os meios que lhe faltavam, pediu àqueles que se achavam em condições de ofertar. -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 130 5 A coragem veio da oração -- Neemias e Artaxerxes encontravam-se face a face. Um, servo, filho de um povo oprimido, o outro, rei do grande império do mundo. Mas infinitamente maior do que a diferença de posição, era a distância moral que os separava. Neemias aceitara o convite do Rei dos reis: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo: sim, que faça paz comigo". Isaías 27:5. A silenciosa oração que elevou ao Céu, era a mesma que dirigira por muitas semanas, para que Deus fizesse prosperar sua petição. E agora, encontrando coragem no pensamento de que tinha um Amigo, onisciente e onipotente, que operaria em seu favor, o homem de Deus tornou conhecido ao rei seu desejo de ser por algum tempo dispensado de seu cargo na corte, e de autorização para reconstruir os lugares assolados de Jerusalém, tornando-a mais uma vez uma cidade forte e protegida. Resultados notáveis para a cidade e a nação judaica dependiam deste pedido. "E", disse Neemias, "o rei mas deu, segundo a boa mão de Deus sobre mim". Neemias 2:8. -- The Southern Work, 8 de Março de 1904. SC 131 1 Conseguiu aprovação oficial -- Como seu pedido [de Neemias] ao rei foi recebido tão favoravelmente, foi ele animado a pedir o auxílio necessário para a execução de seus planos. Para dar dignidade e autoridade a sua missão, assim como para prover proteção na viagem, conseguiu ele uma escolta militar. Obteve cartas reais dos governadores das províncias para além do Eufrates, o território através do qual tinha de passar em sua viagem para a Judéia; e conseguiu também uma carta para o guarda florestal do rei, nas montanhas do Líbano, instruindo-o no sentido de fornecer a madeira necessária para os muros de Jerusalém e os edifícios que Neemias se propunha erigir. A fim de que não houvesse ocasião para queixas de que ele se excedera no desempenho de sua missão, Neemias teve o cuidado de definir claramente a autoridade e os privilégios que lhe foram conferidos. -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 131 2 As cartas reais aos governadores das províncias ao longo de seu itinerário, conseguiram para Neemias recepção honrosa e pronto auxílio. E inimigo algum ousou molestar o oficial que se achava guardado pelo poder do rei persa e era tratado com notável consideração pelos regentes provinciais. A viagem de Neemias decorreu segura e próspera. -- The Southern Work, 22 de Março de 1904. SC 131 3 Encontrando obstáculos -- Sua chegada a Jerusalém, entretanto, acompanhado de uma guarda militar, mostrando que viera no desempenho de alguma missão importante, despertou o ciúme e ódio dos inimigos de Israel. As tribos pagãs estabelecidas perto de Jerusalém haviam anteriormente nutrido inimizade contra os judeus, acumulando sobre eles toda a sorte de insulto e injúria que ousavam infligir-lhes. Destacaram-se nessa má obra certos chefes dessas tribos: Sambalá o horonita, Tobias o amonita, e Gésem o arábio; e daí por diante esses líderes observavam com olhos invejosos os movimentos de Neemias, procurando por todos os meios ao seu alcance frustrar-lhe os planos e impedir-lhe a obra. -- The Southern Work, 22 de Março de 1904. SC 131 4 Tentaram causar divisão entre os obreiros, insinuando dúvidas e despertando descrença quanto ao seu êxito. Também ridicularizavam os esforços dos construtores, declarando que o empreendimento era uma impossibilidade, e predizendo um triste fracasso. [...] Os construtores do muro foram logo assediados pela mais ativa oposição. Eram obrigados a guardar-se continuamente contra as conspirações de seus insones adversários. Os emissários do inimigo procuravam destruir-lhes o ânimo com a circulação de falsos boatos; formaram-se conspirações sob pretextos vários, a fim de atrair Neemias para suas ciladas; e encontraram-se judeus de coração falso, dispostos a ajudar o traiçoeiro empreendimento. [...] Emissários do inimigo, professando amizade, misturaram-se com os construtores, sugerindo modificações no plano, procurando de várias maneiras desviar a atenção dos obreiros, a fim de causar confusão e perplexidade, e despertar desconfiança e suspeita. -- The Southern Work, 12 de Abril de 1904. SC 132 1 Mesmos obstáculos para os líderes hoje -- A experiência de Neemias repete-se na história do povo de Deus em nossos dias. Os que labutam na causa da verdade descobrirão que não o podem fazer sem provocar a ira dos inimigos dela. Embora tenham sido chamados por Deus para a obra em que se acham empenhados, e seu procedimento seja por Ele aprovado, não podem fugir à vergonha e ao escárnio. Serão denunciados como visionários, indignos de confiança, intrigantes, hipócritas -- tudo, enfim, que sirva ao propósito de seus inimigos. As coisas mais sagradas serão apresentadas a uma luz ridícula, a fim de divertir os ímpios. Uma pequenina dose de sarcasmo e humor vulgar, unidos à inveja, ciúmes, impiedade e ódio, é suficiente para instigar o riso do escarnecedor profano. E esses gracejadores presunçosos afiam mutuamente seu engenho, encorajando-se reciprocamente em sua obra blasfema. O desprezo e a zombaria são de fato penosos para a natureza humana; mas têm que ser suportados por todos os que são fiéis a Deus. É política de Satanás desviar assim as almas de fazerem a obra que o Senhor lhes impôs. -- The Southern Work, 12 de Abril de 1904. SC 132 2 Conclamando as forças desalentadas -- Em segredo e silêncio, Neemias completou o circuito dos muros. Declara ele: "Não souberam os magistrados aonde eu fui nem o que eu fazia: porque ainda até então nem aos judeus, nem aos nobres, nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra, tinha declarado coisa alguma". Neemias 2:16. Nesse penoso exame não desejava ele atrair a atenção nem de amigos nem de inimigos, para que não se criasse uma agitação, e surgissem boatos que pudessem derrotar, ou pelo menos estorvar sua obra. Neemias dedicou o restante da noite à oração; de manhã teria de fazer sério esforço para despertar e unir seus compatriotas desanimados e divididos. -- The Southern Work, 22 de Março de 1904. SC 132 3 Embora Neemias estivesse no desempenho de uma comissão real, que requeria que os habitantes cooperassem com Ele na reconstrução dos muros da cidade, preferiu ele não confiar no mero exercício da autoridade. Procurou, antes, ganhar a confiança e simpatia do povo, bem sabendo que a união de corações como de mãos, era indispensável ao êxito na grande obra que empreendera. SC 132 4 Ao convocar o povo, de manhã, apresentou argumentos calculados a despertar-lhes as energias adormecidas e unir os dispersos. [...] E havendo-lhes exposto plenamente a questão, mostrando que era apoiado pela combinada autoridade do rei da Pérsia e do Deus de Israel, Neemias apresentou diretamente ao povo a questão de se prevalecerem eles dessa ocasião favorável, erguendo-se com ele e construindo o muro. Esse apelo foi-lhes direto ao coração; a manifestação do favor dos Céus para com eles, encheu-os de coragem. Com novo ânimo, clamaram a uma voz: "Levantemo-nos, e edifiquemos". Neemias 2:18. SC 133 1 A santa energia e elevadas esperanças de Neemias comunicaram-se ao povo. Contagiados por esse espírito, ergueram-se por algum tempo ao nível moral de seu líder. Cada qual, em sua esfera, era uma espécie de Neemias; e cada um fortalecia e apoiava seu irmão na obra. -- The Southern Work, 29 de Março de 1904. SC 133 2 Os sacerdotes de Israel entre os primeiros -- Dentre os primeiros a se contagiarem com o espírito de zelo e fervor de Neemias, achavam-se os sacerdotes de Israel. Em virtude da posição de influência que eles ocupavam, podiam esses homens fazer muito para estorvar ou promover a obra. Sua pronta cooperação logo de início, muito contribuiu para o êxito. Assim deve ser em todo o empreendimento santo. Os que ocupam posições de influência e responsabilidade na igreja, devem estar na dianteira na obra de Deus. Se avançarem relutantemente, outros nem se moverão. Mas "seu zelo" estimulará a muitos. 2 Coríntios 9:2. Se sua luz arder brilhante, mil tochas se acenderão à sua chama. SC 133 3 Neemias como organizador -- O povo em geral ficou animado de um só coração e uma alma, em patriotismo e bem-humorada atividade. Homens de atividade e influência organizaram as várias classes de cidadãos em grupos, assumindo cada líder a responsabilidade pela construção de certa porção do muro. Foi bem agradável a Deus e aos anjos ver aqueles grupos atarefados, trabalhando harmoniosamente nos caídos muros de Jerusalém, e foi um som alegre o ruído de instrumentos de trabalho desde a madrugada "até ao sair das estrelas". Neemias 4:21. SC 133 4 Demonstração da verdadeira arte de administrar -- O zelo e a energia de Neemias não se abateram, agora que a obra se iniciara de fato. Não cruzou os braços, julgando que poderia depor o encargo. Com incansável vigilância, superintendia constantemente a obra, dirigindo os obreiros, observando qualquer estorvo e tomando providências para qualquer emergência. Sua influência sentia-se constantemente em toda a extensão daqueles cinco quilômetros de muro. Com palavras oportunas, animava ele os temerosos, aprovava os diligentes ou despertava os tardios. E de novo vigiava com olhos de águia os movimentos dos inimigos, que por vezes se reuniam a distância e se empenhavam em animada conversa, como se conspirassem, e então, aproximando-se dos obreiros, tentavam desviar-lhes a atenção e estorvá-los no trabalho. SC 134 1 Enquanto os olhos de todos os obreiros muitas vezes se dirigiam para Neemias, prontos a descobrir o menor sinal, os olhos e o coração dele se erguiam a Deus, o grande Superintendente da obra toda, Aquele que pusera no coração de Seu servo o desejo de construir. E à medida que a fé e a coragem se fortaleciam em seu coração, Neemias exclamava (e suas palavras, repetidas e ecoadas, incentivavam o coração dos obreiros em toda a linha): "O Deus dos Céus é o que nos fará prosperar!" Neemias 2:20. -- The Southern Work, 5 de Abril de 1904. SC 134 2 Neemias e seus companheiros não recuaram ante as dificuldades, nem se esquivavam a serviços árduos. Nem de noite nem de dia, nem mesmo durante o breve período dado ao sono, depunham eles suas vestes, nem mesmo sua armadura. "Nem eu, nem meus irmãos, nem meus moços, nem os homens da guarda que me seguiam largávamos os nossos vestidos; cada um ia com suas armas à água". Neemias 4:23. -- The Southern Work, 26 de Abril de 1904. SC 134 3 Influências contrárias em todo movimento religioso -- A maioria dos nobres e príncipes de Israel se posicionou também nobremente à altura de seus deveres; mas houve uns poucos, os nobres tecoítas, que "não meteram o seu pescoço ao serviço de seu Senhor". Neemias 3:5. Enquanto os construtores fiéis têm menção honrosa no livro de Deus, a memória daqueles servos negligentes é manchada de opróbrio e serviu de advertência a todas as gerações futuras. SC 134 4 Em todo movimento religioso há alguns que, ao mesmo tempo em que não podem negar ser esta a causa de Deus, mantêm-se ao longe, recusando-se a fazer qualquer esforço para fazê-la progredir. Mas em empreendimentos para promover seus interesses egoístas, esses homens são muitas vezes os trabalhadores mais ativos e enérgicos. Bem conviria lembrarem-se do registro mantido lá em cima, o livro de Deus, no qual se acham escritos todos os nossos motivos e nossas obras -- aquele livro no qual não há omissões, nem erros, e pelo qual todos serão julgados. Ali será fielmente relatada toda oportunidade negligenciada de prestar serviço para Deus, e todo ato de fé e amor, por humilde que seja, será tido em lembrança eterna. -- The Southern Work, 5 de Abril de 1904. SC 134 5 O chamado de Neemias modernos -- Carecemos hoje de Neemias na igreja -- não de homens capazes de pregar e orar apenas, mas de homens cujas orações e sermões sejam animados de firme e sincero propósito. O procedimento seguido por esse patriota hebreu na realização de seus planos, devia ser ainda adotado pelos pastores e dirigentes. Havendo eles delineado seus planos, deveriam expô-los perante a igreja de maneira que lhes atraísse o interesse e a cooperação. Fazei que o povo compreenda os planos e tome parte na obra, e hão de se interessar pessoalmente em sua prosperidade. O êxito que acompanhou os esforços de Neemias mostra o que podem realizar a oração, a fé e uma ação sábia e enérgica. A fé viva impele para a ação enérgica. O povo refletirá em alto grau o espírito manifestado pelo dirigente. Se os dirigentes, professando crer nas solenes e importantes verdades que devem provar o mundo hoje, não manifestam zelo ardente em preparar um povo que subsista no dia de Deus, podemos esperar que a igreja seja descuidada, indolente e amante dos prazeres. -- The Southern Work, 29 de Março de 1904. ------------------------Capítulo 16 -- O movimento de expansão da igreja SC 136 1 O plano divino -- Não é desígnio de Deus que Seu povo forme colônias, ou se agrupe em grandes comunidades. Os discípulos de Cristo são representantes Seus na Terra, e Deus tem por desígnio que se disseminem por todo o país, nas cidades e vilas, como luzes em meio às trevas do mundo. -- Testemunhos Seletos 3:248, 249. SC 136 2 O plano de colonizar, ou mudar-se de diferentes localidades em que há pouca força ou influência, e concentrar a influência de muitos em uma só localidade, é remover a luz de lugares onde Deus deseja que brilhe. -- Testimonies for the Church 2:633. SC 136 3 Se a igreja de Cristo estivesse cumprindo o desígnio de nosso Senhor, a luz se espargiria sobre todos quantos estão assentados nas trevas e na região da sombra da morte. Em vez de se congregarem e se eximirem às responsabilidades e a levar a cruz, os membros da igreja se espalhariam por todas as terras, irradiando a luz de Cristo, trabalhando como Ele fez pela salvação de almas, e este "evangelho do reino" seria velozmente levado a todo o mundo. -- Beneficência Social, 42, 43. SC 136 4 Irmãos e irmãs, por que vos aninhais junto das igrejas? Estudai a parábola da ovelha perdida, e saí como fiéis pastores, procurando o perdido, no deserto do pecado. Salvai os que perecem. -- The Review and Herald, 12 de Dezembro de 1893. SC 136 5 Os membros de nossas igrejas podem realizar um trabalho que, por enquanto, mal iniciaram. Nenhum deles deverá mudar-se para outras localidades simplesmente por interesse de vantagens terrenas; mas onde houver oportunidade de ganhar a subsistência, vão as famílias que estejam bem firmadas na verdade, uma ou duas numa localidade, para trabalhar como missionários. Deverão sentir amor às almas, a responsabilidade de trabalharem por elas, e estudar a maneira de atraí-las para a verdade. Poderão distribuir nossas publicações, realizar reuniões em suas casas, fazer-se amigos dos vizinhos, e convidá-los para freqüentarem essas reuniões. Dessa maneira, poderão fazer brilhar sua luz por meio de boas obras. -- Testemunhos Seletos 3:249. SC 136 6 Irmãos que desejem mudar de lugar, e que tenham em vista a glória de Deus, e sintam que pesa sobre eles uma responsabilidade individual de fazer bem aos outros, beneficiando e salvando almas por quem Cristo não poupou Sua preciosa vida, devem mudar-se para cidades e vilas onde exista pequena ou nenhuma luz, e eles possam ser de real utilidade, beneficiando outros com seu labor e sua experiência. Necessitam-se missionários que vão a cidades e vilas erguendo aí a bandeira da verdade, para que Deus tenha Suas testemunhas espalhadas por toda a Terra, a fim de que a luz da verdade penetre onde ainda não chegou, e a bandeira da verdade seja hasteada onde ainda é desconhecida. -- Testimonies for the Church 2:115. SC 137 1 Coisa alguma despertará tanto um abnegado zelo e dará amplitude e resistência ao caráter como empenhar-se em trabalho para benefício de outros. Muitos cristãos professos, ao procurarem as relações da igreja, não pensam senão em si mesmos. Desejam fruir a comunhão da igreja e os cuidados pastorais. Fazem-se membros de grandes e prósperas igrejas, e ficam satisfeitos com pouco fazer pelos outros. Por esta maneira, estão roubando a si mesmos as mais preciosas bênçãos. Muitos seriam beneficiados em sacrificar suas aprazíveis associações, conducentes ao comodismo. Necessitam ir onde suas energias serão requeridas em trabalho cristão, e aprenderão a assumir as responsabilidades. -- A Ciência do Bom Viver, 151. SC 137 2 Há milhares de lugares por serem penetrados, onde jamais foi erguido o estandarte da verdade, onde jamais foi ouvida a proclamação da verdade, na América do Norte. E há milhares que poderiam entrar para o campo da seara, os quais se acham agora religiosamente ociosos, e em resultado seguem manquejando seu caminho para o Céu, exprimindo dúvida quanto a serem cristãos. Sua necessidade é de uma vital união com Jesus Cristo. Então deles se poderá dizer: Sois "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. Desejo dizer a muitos: Estais esperando que alguém vos leve para a vinha e vos ponha a trabalhar, ou vos traga a vinha para junto de vós, a fim de que não experimenteis inconvenientes no trabalho. Esperareis em vão. Se erguerdes os olhos, vereis a seara madura, pronta para a foice, para onde quer que olheis; encontrareis trabalho junto de vós, e longe também. Mas de quantos dirá Cristo no juízo: "Bom e fiel servo?" Mateus 25:23. Penso em como os anjos hão de sentir vendo aproximar-se o fim, e os que declaram ter conhecimento de Deus e de Jesus Cristo a quem Ele enviou, amontoarem-se, formarem colônia e assistirem às reuniões, sentindo-se descontentes se não há suficientes pregações para lhes beneficiar a alma e fortalecer a igreja, enquanto não estão fazendo coisa alguma, literalmente. [...] Se suas perspectivas financeiras temporais não são tão prósperas no caso de se mudarem para localidades onde a verdade não foi ainda proclamada, ou onde existe apenas um vislumbre de luz, não estarão eles fazendo exatamente a obra que Jesus fez para os salvar? -- The General Conference Bulletin, 131 (1893). SC 137 3 Compreendemos a grande necessidade de trabalho missionário para levar a verdade, não somente aos países estrangeiros, mas também àqueles que se encontram junto de nós. Há ao nosso redor cidades e vilas onde não se está fazendo esforço algum para salvar almas. Por que não haveriam de se estabelecer nesses lugares famílias conhecedoras da verdade presente, para aí hastear a bandeira de Cristo, trabalhando com humildade, não em sua própria maneira, mas segundo a maneira de Deus, para proporcionar a luz àqueles que dela não têm conhecimento? SC 138 1 Quando a igreja se possuir deveras do espírito da mensagem, seus membros porão todas as energias na obra de salvar as almas por quem Cristo morreu. Hão de penetrar em novos campos. Alguns que não são pastores ordenados cooperarão com Deus, visitando as igrejas, buscando confirmar o que resta e está a ponto de perecer. Haverá membros leigos que se mudarão para vilas e cidades, para lugares aparentemente remotos, a fim de que façam brilhar para outros a luz que Deus lhes confiou. Algumas das pessoas com quem entram em contato não parecerão muito promissoras, mas a única pergunta deveria ser: Chegarão elas a pôr-se em harmonia com Cristo? Tornar-se-ão participantes de Seu espírito, de modo que sua influência, por preceito e por exemplo, apresente os atrativos do Autor da verdade e da justiça? SC 138 2 Em lugares onde a verdade não é conhecida, irmãos aptos para a obra podem alugar uma sala, ou outro qualquer lugar apropriado, reunindo aí todos quantos vierem. Instruam então o povo na verdade. Não é necessário pregar, mas tomar a Bíblia, e deixar que Deus fale diretamente por Sua Palavra. Se houver apenas um pequeno número de presentes, podem ler um "Assim diz o Senhor", sem grande aparato ou agitação; ler simplesmente, e expor a singela verdade evangélica, cantar e orar com eles. -- The Review and Herald, 29 de Setembro de 1891. SC 138 3 Abraão, digno exemplo -- Não fora uma pequena prova aquela a que foi assim submetido Abraão, nem pequeno o sacrifício que dele se exigira. Fortes laços havia para o prender ao seu país, seus parentes, seu lar. Ele, porém, não hesitou em obedecer ao chamado. Não teve perguntas a fazer concernentes à terra da promessa -- se o solo era fértil, e o clima saudável, se o território oferecia um ambiente agradável, e proporcionaria oportunidades para se acumularem riquezas. Deus falara, e Seu servo devia obedecer; o lugar mais feliz da Terra para ele seria aquele em que Deus quisesse que ele se achasse. SC 138 4 Muitos ainda são provados como o foi Abraão. Não ouvem a voz de Deus falando diretamente do Céu, mas Ele os chama pelos ensinos de Sua Palavra e acontecimentos de Sua providência. Pode ser-lhes exigido abandonarem uma carreira que promete riqueza e honra, deixarem associações agradáveis e proveitosas, e separarem-se dos parentes, para entrarem naquilo que parece ser apenas uma senda de abnegação, agruras e sacrifícios. Deus tem uma obra para eles fazerem; mas uma vida de comodidade, e a influência de amigos e parentes, embaraçariam o desenvolvimento dos traços essenciais para a sua realização. Ele os chama para fora das influências e auxílio humanos, e os leva a sentirem a necessidade de Seu auxílio, e a confiarem nEle somente, para que Ele possa revelar-Se-lhes. Quem está pronto, ao chamado da Providência, para renunciar planos acariciados e relações familiares? Quem aceitará novos deveres e entrará em campos não experimentados, fazendo a obra de Deus com um coração firme e voluntário, considerando por amor a Cristo suas perdas como ganho? Aquele que deseja fazer isso tem a fé de Abraão, e com ele partilhará daquele "peso eterno de glória mui excelente" (2 Coríntios 4:17), com o qual "as aflições deste tempo presente não são para comparar". Romanos 8:18. -- Patriarcas e Profetas, 126, 127. SC 139 1 "Que fazes aqui?" -- Muita coisa está na dependência da incessante atividade dos que são verdadeiros e leais; e por esta razão Satanás põe todo o esforço possível no sentido de impedir o divino propósito a ser levado a efeito por meio do obediente. Ele leva alguns a perderem de vista sua alta e santa missão, e a se tornarem satisfeitos com os prazeres desta vida. Encaminha-os para o comodismo, ou, com o propósito de encontrar maiores vantagens terrenas, a se mudarem dos lugares onde poderiam ser uma força para o bem. Outros ele leva a, desanimados, fugirem do dever, em face de oposição ou perseguição. Mas todos estes são considerados pelo Céu com a mais terna piedade. A cada filho de Deus cuja voz o inimigo tenha conseguido silenciar, é dirigida a pergunta: "Que fazes aqui?" 1 Reis 19:9. Comissionei-te para que fosses a todo o mundo e pregasses o evangelho, a fim de que o povo fosse preparado para o dia de Deus. Por que estás aqui? Quem te mandou? SC 139 2 Tanto a famílias como a indivíduos é feita a pergunta: "Que fazes aqui?" 1 Reis 19:9. Em muitas igrejas há famílias bem instruídas nas verdades da Palavra de Deus que poderiam ampliar a sua esfera de influência mudando-se para lugares necessitados da ministração que elas estão aptas a prover. -- Profetas e Reis, 171, 172. SC 139 3 Chamado a famílias cristãs -- Necessitam-se famílias missionárias que se estabeleçam em lugares incultos. Que agricultores, financistas, construtores e os que são hábeis em várias artes e ofícios vão para os campos negligenciados para melhorar a terra, estabelecer indústrias, preparar lares modestos para si mesmos e ajudar a seus vizinhos. -- A Ciência do Bom Viver, 194. SC 139 4 Deus pede que famílias cristãs vão para localidades que estão em trevas e erro, e trabalhem sábia e perseverantemente para o Mestre. Para atender a este chamado é necessário abnegação. Enquanto muitos esperam que sejam removidos todos os obstáculos, almas estão morrendo sem esperança e sem Deus no mundo. Muitos, muitos mesmo, por amor de mundanas vantagens, por amor de conhecimentos científicos, aventuram-se a penetrar regiões pestíferas, e suportam durezas e privações. Onde se acham os que estão dispostos a fazer o mesmo no intuito de falar a outros acerca do Salvador? Onde os homens e mulheres que se prontifiquem a mudar-se para regiões necessitadas do evangelho, e encaminhar ao Redentor os que andam em trevas? -- Testemunhos Seletos 3:300, 301. SC 140 1 Existem famílias cujos membros poderiam todos ser missionários, empenhando-se em trabalho pessoal, labutando pelo Mestre com mãos diligentes e cérebro ativo, imaginando novos métodos para o êxito de Sua obra. -- Testimonies for the Church 9:40. SC 140 2 Uma grande obra poderia ser realizada caso se estabelecessem nos lugares em trevas, onde o povo se acha envolto em sombras espirituais, famílias mediante as quais irradiasse a luz de Cristo. Comecem elas seu trabalho quietamente, com discrição, sem prover-se dos fundos da associação até que o interesse se torne tanto que o não possam atender sem o auxílio do ministério. -- Testimonies for the Church 6:442. SC 140 3 A transplantação requer jardineiros sábios -- Preparai obreiros para irem às estradas e valados. Precisamos de jardineiros sábios, que transplantem árvores para diferentes localidades, e lhes dêem vantagens, a fim de que cresçam. É positivo dever do povo de Deus irem para as regiões de além. Sejam postas em serviço forças para limpar novo terreno, estabelecer novos centros de influência onde quer que se encontre uma abertura. Convocai obreiros que possuam verdadeiro zelo missionário, e saiam eles a difundir luz e conhecimento, longe e perto. -- Testimonies for the Church 9:118. SC 140 4 Muitos dos membros de nossas igrejas grandes relativamente nada fazem. Poderiam eles realizar um bom trabalho se, em vez de se aglomerarem, se dispersassem em lugares ainda não atingidos pela verdade. As árvores plantadas junto demais umas das outras, não se desenvolvem. São elas transplantadas pelo hortelão a fim de terem espaço para crescer, e não ficarem mirradas e débeis. O mesmo procedimento daria bons resultados em nossas igrejas grandes. Muitos membros estão morrendo espiritualmente por falta desse mesmo trabalho. Estão-se tornando fracos e incapazes. Transplantados que fossem, teriam espaço para crescer fortes e vigorosos. -- Testemunhos Seletos 3:248. SC 140 5 Certeza de êxito -- Se os membros da igreja se dispuserem a fazer a obra que podem fazer, empenhando-se em atividades por conta própria, vendo cada qual quanto pode realizar na conquista de almas para Jesus, veremos muitos abandonarem as fileiras de Satanás para manter-se sob a bandeira de Cristo. Se nosso povo agir em conformidade com a luz que lhes é fornecida nestas poucas instruções, certamente veremos a salvação operada por Deus. Seguir-se-ão reavivamentos prodigiosos. Pecadores serão convertidos, e muitos salvos serão acrescentadas à igreja. -- Testemunhos Seletos 3:250. SC 140 6 Os membros de nossa igreja devem experimentar profundo interesse nas missões locais e estrangeiras. Grandes bênçãos lhes advêm de fazer abnegados esforços para firmar a bandeira da verdade em novo território. O dinheiro empregado nesta obra há de produzir grandes resultados. Novos conversos, regozijando-se na luz recebida por intermédio da Palavra, hão de por sua vez, oferecer de seus meios para levar a luz da verdade a outros. -- Testimonies for the Church 9:49. SC 141 1 Nos campos onde as condições são tão desfavoráveis e desanimadoras que muitos obreiros se recusam a ir para lá, maiores transformações no sentido do melhoramento se poderiam efetuar pelos esforços de abnegados membros leigos. Esses humildes obreiros produzirão muito, pois desenvolvem pacientes e perseverantes esforços, não confiando na capacidade humana, mas em Deus, que lhes concede Seu favor. A soma de bem que esses obreiros realizam jamais será conhecida neste mundo. -- Testemunhos Seletos 3:85. SC 141 2 Uma lição do fracasso do Israel antigo -- Quando os israelitas entraram em Canaã, não cumpriram o desígnio de Deus, de tomarem posse de toda a terra. Depois de fazerem uma conquista parcial, estabeleceram-se comodamente para consumir os frutos de suas vitórias. Em sua incredulidade e amor ao comodismo, congregaram-se nas partes já conquistadas, em vez de avançarem a ocupar novo território. Assim começaram a afastar-se de Deus. Por seu fracasso em executar Seu propósito, tornaram-Lhe impossível cumprir para com eles a promessa de abençoá-los. Não está a igreja hoje fazendo a mesma coisa? Tendo diante de si o mundo todo em necessidade do evangelho, os professos cristãos congregam-se onde eles mesmos possam desfrutar os privilégios do evangelho. Não sentem a necessidade de ocupar novo território, levando a mensagem da salvação para as regiões de além. Recusam-se a cumprir a ordem de Cristo: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura". Marcos 16:15. Serão eles menos culpados do que foi a igreja judaica? -- Testimonies for the Church 8:119. ------------------------Capítulo 17 -- A obra caritativa SC 142 1 Seguindo as pegadas divinas -- Muitos pensam que seria grande privilégio visitar os cenários da vida de Cristo na Terra, andar pelos lugares por Ele trilhados, contemplar o lago à margem do qual gostava de ensinar, as montanhas e vales em que Seus olhos tantas vezes pousaram. Mas não necessitamos ir a Nazaré, a Cafarnaum ou a Betânia para andar nos passos de Jesus. Encontraremos Suas pegadas junto ao leito dos doentes, nas choças da pobreza, nos apinhados becos das grandes cidades, e em qualquer lugar onde há corações humanos necessitados de consolação. Fazendo como Jesus fazia quando na Terra, andaremos em Seus passos. -- O Desejado de Todas as Nações, 640. SC 142 2 Jesus trabalhava para aliviar todo caso de sofrimento que via. Pouco dinheiro tinha para dar, mas privava-Se muitas vezes de alimento, a fim de diminuir a necessidade dos que pareciam mais carecidos que Ele. Seus irmãos sentiam que Sua influência ia longe em anular a deles. Era dotado de tato que nenhum deles possuía, nem desejava obter. Quando falavam asperamente aos pobres e degradados, Jesus procurava exatamente aqueles seres, dirigindo-lhes palavras de animação. Aos que estavam em necessidade, oferecia um copo de água fria e punha-lhes no regaço Sua própria refeição. Aliviando-lhes os sofrimentos, as verdades que ensinava eram associadas a esses atos de misericórdia, sendo assim fixadas na memória. -- O Desejado de Todas as Nações, 87. SC 142 3 O apoio -- Os seguidores de Cristo devem trabalhar como Ele o fez. Cumpre-nos alimentar os famintos, vestir os nus e confortar os doentes e aflitos. Devemos ajudar aos que estão em desespero, e inspirar esperança aos desanimados. E a nós também se cumprirá a promessa: "A tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda". Isaías 58:8. -- O Desejado de Todas as Nações, 350. SC 142 4 Aqueles que se têm empenhado nessa obra de auxílio cristão, têm estado a fazer aquilo que o Senhor deseja que se faça, e Ele tem aceitado seus labores. O que se tem feito nesse sentido é um trabalho com o qual todo adventista do sétimo dia deve de coração simpatizar, e ao qual deve prestar seu apoio, nele empenhando-se zelosamente. Negligenciando essa obra, que se acha ao seu alcance, recusando essas responsabilidades, a igreja está prejudicando grandemente a si mesma. Houvesse a igreja realizado essa obra como deveria, e teria sido o instrumento para a salvação de muitas pessoas. -- Testimonies for the Church 6:295. SC 143 1 Todos os Seus dons devem ser usados para abençoar a humanidade, para aliviar o sofredor e o necessitado. Devemos alimentar o faminto, vestir o nu, cuidar das viúvas e dos órfãos, e servir ao aflito e ao abatido. Nunca foi intenção de Deus que houvesse tanta miséria no mundo. Nunca pretendeu que um homem tivesse abundância dos luxos da vida, enquanto os filhos dos outros houvessem de chorar por pão. Os meios supérfluos às necessidades reais da vida são confiados ao homem para o bem e para beneficiar a humanidade. Diz o Senhor: "Vendei o que tendes, e dai esmolas". Lucas 12:33. "Repartam de boa mente, e sejam comunicáveis". 1 Timóteo 6:18. "Quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos". Lucas 14:13. "Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo [...] que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo [...] repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados [...] vendo o nu, o cubras" e fartes "a alma aflita". Isaías 58:6, 7, 10. "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura". Marcos 16:15. Estes são os mandamentos do Senhor. Está o grande corpo de cristãos professos fazendo esta obra? -- Parábolas de Jesus, 370, 371. SC 143 2 Boas obras, eis os frutos que Cristo requer de nós; palavras bondosas, atos de generosidade, de terno cuidado para com os pobres, os necessitados, os doentes. Quando o coração simpatiza com outro coração oprimido de desânimo e desgostos, quando a mão se estende em auxílio do necessitado, os nus são vestidos, o estrangeiro é bem-vindo à vossa mesa e ao vosso coração, os anjos se acham muito próximos; essas ações encontram eco no Céu. Cada ato de justiça, misericórdia, generosidade, repercute melodiosamente no Céu. O Pai contempla de Seu trono os que praticam tais atos de misericórdia, e os conta entre Seus mais preciosos tesouros. "E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para Mim particular tesouro". Malaquias 3:17. Cada ato de compaixão para com o necessitado, o sofredor, é considerado como sendo feito a Jesus. Quando socorreis o pobre, vos compadeceis dos sofredores e oprimidos e amparais os órfãos, pondes-vos na mais íntima relação com Jesus. -- Testimonies for the Church 2:25. SC 143 3 A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia de há muito estar realizando. Cumpre-nos mostrar a terna simpatia do samaritano em acudir às necessidade físicas, alimentar o faminto, trazer para casa os pobres desterrados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não se podem ajudar a si mesmos. Isto fazendo, temos favorável ensejo de apresentar a Cristo, o Crucificado. -- Testemunhos Seletos 2:514. SC 144 1 Muitos cogitam por que suas orações são tão sem vida, tão fraca e vacilante a sua fé, sua vida cristã tão sombria e incerta. Não temos nós jejuado, dizem, e andado "de luto diante do Senhor dos Exércitos?" Malaquias 3:14. No capítulo 58 de Isaías, Cristo mostrou como se podem mudar essas condições. Diz Ele: "Porventura não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? e, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?" Isaías 58:6, 7. Eis a receita prescrita por Cristo para a alma desfalecida, duvidosa, tremente. Que os tristes, que andam lamentosamente na presença de Deus, levantem-se e ajudem alguém que está em necessidade. -- Testemunhos Seletos 2:503, 504. SC 144 2 A glória do Céu consiste em erguer os caídos e confortar os infortunados. E onde quer que Cristo habite no coração humano, será Ele revelado da mesma maneira. Onde quer que atue, a religião de Cristo abençoará. Onde quer que se manifeste, haverá claridade. -- Parábolas de Jesus, 386. SC 144 3 A viúva de Sarepta repartiu seu bocado com Elias; e em retribuição, sua vida e a de seu filho foram preservadas. E a todos os que, em tempo de prova e carência, dão simpatia e assistência a outros mais necessitados, Deus prometeu grande bênção. Ele não mudou. Seu poder não é menor agora do que nos dias de Elias. -- Profetas e Reis, 131, 132. SC 144 4 O amor de Cristo, manifestado num ministério abnegado, será mais eficaz na reforma do malfeitor do que a espada ou o tribunal de justiça. Esses precisam incutir terror ao transgressor da lei, mas o amorável missionário pode fazer mais do que isso. Muitas vezes o coração que se endurece sob a reprovação, abranda-se ante o amor de Cristo. -- A Ciência do Bom Viver, 106. SC 144 5 Convém lembrar -- Em todas as nossas relações devemos lembrar que há, na vida dos outros, capítulos fechados às vistas mortais. Há, nas páginas da memória, tristes histórias que são sagradamente guardadas de olhares curiosos. Aí se encontram registradas longas, renhidas batalhas com circunstâncias probantes, talvez perturbações da vida doméstica, que enfraquecem dia a dia o ânimo, a confiança e a fé. Os que estão pelejando o combate da vida em grande desvantagem de condições podem ser fortalecidos e animados por pequeninas atenções que não custam senão um amorável esforço. Para esses, o caloroso e ajudador aperto de mão dado por verdadeiro amigo vale mais que prata ou ouro. As palavras de bondade são recebidas com tanto agrado como o sorriso dos anjos. SC 144 6 Há multidões lutando com a pobreza, obrigados a batalhar duramente por pequenos salários, e mal podendo garantir as mais rudimentares exigências da vida. A labuta e a privação, sem esperança de coisas melhores, tornam excessivamente pesada sua carga. E, quando a isso se ajuntam a dor e a doença, o fardo é quase insuportável. Alquebrados e oprimidos, não sabem para onde se voltar em busca de auxílio. Compadecei-vos deles em suas provações, suas mágoas e decepções. Isso vos abrirá o caminho para os ajudar. Falai-lhes das promessas de Deus, orai com eles e por eles, inspirai-lhes a esperança. -- A Ciência do Bom Viver, 158. SC 145 1 Muitos há para quem a vida é uma penosa luta; sentem suas deficiências, e são infelizes e incrédulos; pensam nada terem por que ser agradecidos. Palavras bondosas, olhares de simpatia, expressões de apreciação, seriam para muitas almas lutadoras e solitárias como um copo de água fria a uma alma sedenta. Uma palavra compassiva, um ato de bondade, ergueriam fardos que pesam duramente sobre fatigados ombros. E toda palavra ou ato de abnegada bondade é uma expressão do amor de Cristo pela humanidade perdida. -- Beneficência Social, 23. SC 145 2 A mão auxiliadora -- O pecado é o maior de todos os males, e é nosso dever compadecer-nos dos pecadores e auxiliá-los. Nem todos podem ser alcançados do mesmo modo, porém. Muitos há que ocultam sua penúria de alma. Estes seriam grandemente auxiliados por uma palavra terna ou por uma boa lembrança. Outros estão na maior indigência, contudo não o sabem. Não reconhecem a terrível privação da alma. As multidões estão tão submersas no pecado, que perderam todo senso das realidades eternas, perderam a semelhança de Deus, e mal sabem se têm alma para ser salva ou não. Não têm nem fé em Deus, nem confiança no homem. Alguns destes só podem ser alcançados por atos de beneficência desinteressada. Precisam ser primeiramente atendidas as suas necessidades materiais. Precisam ser alimentados, limpos e vestidos decentemente. Ao verem a prova de nosso amor desinteressado, ser-lhes-á mais fácil crerem no amor de Cristo. SC 145 3 Muitos há que erram e sentem a sua vergonha e loucura. Consideram seus enganos e erros até serem arrastados quase ao desespero. Não devemos desprezar essas almas. Quando alguém tem que nadar contra a correnteza, toda sua força o impele para trás. Estenda-se a mão auxiliadora a ele como foi oferecido a Pedro, quando se afogava, o socorro do Irmão mais velho. Fale-lhe palavras de esperança, palavras que fortaleçam a confiança e despertem amor. -- Parábolas de Jesus, 387. SC 145 4 À alma cansada de uma vida de pecado, mas não sabendo onde encontrar alívio, apresentai o compassivo Salvador. Tomai-a pela mão, erguei-a, dirigi-lhe palavras de animação e esperança. Ajudai-a a segurar a mão do Salvador. -- A Ciência do Bom Viver, 168. SC 145 5 Hospitalidade, um dever cristão -- Nossa obra neste mundo é viver para fazer bem a outros, para abençoar a outros, para sermos hospitaleiros; e não é senão à custa de algum incômodo, muitas vezes, que podemos hospedar aqueles que em verdade necessitam de nossos cuidados, e do benefício de nossa companhia e de nosso lar. Alguns fogem a esses necessários encargos. Mas alguém os tem de aceitar; e como, em geral, os irmãos não são muito amantes da hospitalidade, e não repartem eqüitativamente esses deveres cristãos, os poucos que têm um coração voluntário e levam a sério o caso daqueles que se acham em aperto, ficam sobrecarregados. -- Testimonies for the Church 2:645. SC 146 1 "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns não o sabendo, hospedaram anjos". Hebreus 13:2. Essas palavras não perderam nenhuma força através do tempo. Nosso Pai celestial ainda continua a pôr no caminho de Seus filhos oportunidades que são bênçãos disfarçadas; e os que aproveitam essas oportunidades encontram grande regozijo. -- Profetas e Reis, 132. SC 146 2 Um teste -- Deus nos experimenta e prova pelas ocorrências comuns da vida. São as pequenas coisas que revelam os capítulos do coração. São as pequenas atenções, os numerosos incidentes pequeninos e as simples cortesias da vida, que formam a soma da felicidade da existência; e é a negligência das palavras bondosas, animadoras e afetuosas, e das pequenas cortesias da vida que ajudam a formar o todo da infelicidade da existência. Verificar-se-á afinal que a negação do próprio eu pelo bem e felicidade dos que nos rodeiam constitui grande parte do registro da vida no Céu. -- Testemunhos Seletos 1:208. SC 146 3 Vi que é pela providência de Deus que viúvas e órfãos, cegos, surdos, coxos e pessoas atribuladas por diversos modos, foram postas em íntima relação cristã com Sua igreja; é para provar Seu povo e desenvolver seu caráter. Os anjos de Deus estão observando para ver a maneira por que tratamos essas pessoas necessitadas de nossa simpatia, amor e desinteressada generosidade. Esta é a maneira de Deus provar nosso caráter. Se possuímos a verdadeira religião da Bíblia, havemos de ver que temos para com Cristo um débito de amor, bondade e interesse, em favor de Seus irmãos; e não podemos fazer outra coisa senão manifestar nossa gratidão por Seu incomensurável amor para conosco enquanto éramos pecadores indignos de Sua graça, mantendo um profundo interesse e desprendido amor para com aqueles que são nossos irmãos, e menos afortunados que nós. -- Testimonies for the Church 3:511. SC 146 4 Uma parábola aplicada -- Os dois grandes princípios da lei de Deus são o supremo amor a Deus e amor altruísta ao próximo. Os primeiros quatro mandamentos e os últimos seis dependem desses dois princípios, ou deles provêm. Cristo explicou ao doutor da lei que seu próximo se encontrava na ilustração do homem que viajava de Jerusalém para Jericó e caiu entre ladrões, sendo roubado, espancado e deixado meio morto. O sacerdote e o levita viram o homem sofrendo, mas seu coração não correspondeu a suas necessidades. Evitaram-no, passando de largo. O samaritano passou por aquele caminho, e quando viu a necessidade de auxílio em que se achava o estranho, não perguntou se era parente, ou conterrâneo ou da mesma fé; mas pôs-se a trabalhar a fim de ajudar o sofredor, pois que havia trabalho que devia ser feito. Aliviou-o o melhor que pôde, colocou-o sobre sua própria cavalgadura e levou-o a uma hospedaria, tomando providências para suas necessidades, por sua própria conta. SC 147 1 Esse samaritano, disse Cristo, era o próximo daquele que caiu entre ladrões. O levita e o sacerdote representam, na igreja, uma classe que manifesta indiferença até para com os que precisam de sua simpatia e auxílio. Esta classe, apesar de sua posição na igreja, são quebrantadores dos mandamentos. O samaritano representa uma classe de fiéis auxiliadores de Cristo, e que Lhe imitam o exemplo em fazer o bem. SC 147 2 Os que têm pena dos desafortunados, dos cegos, aleijados, enfermos, viúvas, órfãos e necessitados, Cristo os representa como observadores dos mandamentos, que hão de ter vida eterna. [...] Cristo considera todos os atos de misericórdia, beneficência e atenciosa consideração para com os desafortunados, os cegos, os aleijados, os doentes, as viúvas e os órfãos, como feitos a Ele mesmo; e essas obras são mantidas nos registros celestes e serão recompensadas. Por outro lado, será escrito no livro um registro contra os que manifestam a indiferença do sacerdote e do levita para com os desafortunados, e os que se prevalecem do infortúnio dos outros, aumentando-lhes o sofrimento a fim de egoistamente desfrutarem vantagens. Deus certamente retribuirá todo ato de injustiça e toda manifestação de descuidosa indiferença e negligência para com os sofredores de nosso meio. Cada qual será finalmente recompensado conforme foram suas obras. -- Testimonies for the Church 3:511-513. ------------------------Capítulo 18 -- As reuniões campais favorecem o serviço cristão SC 148 1 Importância -- A reunião campal é um dos mais importantes instrumentos em nossa obra. É um dos métodos mais eficazes para chamar a atenção do povo. -- Obreiros Evangélicos, 400. SC 148 2 Temo-nos achado perplexos em nossa obra, por não saber como romper as barreiras da mundanidade e dos preconceitos, apresentando ao povo a preciosa verdade que tanta significação encerra para eles. O Senhor nos tem indicado que as reuniões campais são um dos mais importantes instrumentos na realização dessa obra. -- Testimonies for the Church 6:31, 32. SC 148 3 Objetivo -- Qual o objetivo propriamente dito da reunião de oração? Porventura informar a Deus, em oração, acerca de tudo que sabemos? Não. Reunimo-nos para mutuamente nos edificarmos com a permuta de idéias e sentimentos; para adquirirmos virtude, luz e ânimo pela consideração de nossas esperanças e aspirações comuns; para recebermos novas forças e vigor da Fonte de poder mediante orações feitas com fé e sinceridade. -- Testemunhos Seletos 1:274. SC 148 4 Nossas reuniões campais têm outro objetivo. [...] Destinam-se a promover a vida espiritual entre nosso próprio povo. [...] Deus confiou a nossas mãos uma obra por demais sagrada, e necessitamos de nos ajuntar em reuniões para receber instruções, a fim de nos habilitarmos a realizar essa obra. Precisamos compreender que parte seremos individualmente chamados a desempenhar na edificação da obra de Deus na Terra, em vindicar Sua santa lei, e em exaltar o Salvador como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. Precisamos nos reunir e receber o toque divino a fim de compreendermos qual deva ser nossa obra no lar. -- Testimonies for the Church 6:32, 33. SC 148 5 Quando devidamente dirigidas, as reuniões campais são uma escola em que pastores, anciãos e diáconos podem aprender a fazer trabalho mais perfeito para o Mestre. Elas devem ser como uma escola onde os membros da igreja, adultos ou jovens, tenham oportunidade de aprender mais perfeitamente o caminho do Senhor, onde os crentes possam receber um preparo que os auxilie a ajudar os outros. -- Obreiros Evangélicos, 404. SC 149 1 Em anos passados os servos de Deus aproveitaram muitas oportunidades preciosas que lhes ofereciam as reuniões campais para ensinar ao nosso povo os métodos práticos de apresentar aos amigos e conhecidos as verdades salvadoras da mensagem do terceiro anjo. Muitos foram ensinados a trabalhar, como missionários por conta própria, em sua própria localidade. De volta dessas reuniões anuais, muitos passaram a trabalhar com maior zelo e de maneira mais inteligente que antes. Seria agradável para Deus que muito mais instrução prática dessa espécie fosse ministrada aos membros da igreja que freqüentam as nossas reuniões campais, do que o foi no passado. Tanto os obreiros dirigentes como os nossos irmãos e irmãs de cada Associação, devem lembrar-se de que um dos objetivos das nossas assembléias anuais é que todos adquiram o conhecimento dos métodos práticos do trabalho missionário pessoal. -- Testemunhos Seletos 3:322. SC 149 2 Nalgumas de nossas associações, os dirigentes vacilaram na introdução desses métodos práticos de instrução. Alguns, por temperamento, tendem mais para pregar do que ensinar. Mas em oportunidades tais como as de nossas reuniões campais, é-nos preciso não perder de vista as oportunidades deparadas para ensinar os crentes a fazerem trabalho missionário prático onde vivem. -- Testemunhos Seletos 3:323. SC 149 3 Demonstração prática de métodos missionários -- Empenhando-se na obra, nas reuniões campais, todos podem aprender a trabalhar com êxito nas igrejas locais a que pertencem. -- Testimonies for the Church 6:49. SC 149 4 Em algumas de nossas reuniões campais têm-se organizado fortes grupos de obreiros para irem à cidade e seus subúrbios a fim de distribuir literatura e convidar pessoas para as reuniões. Por essa maneira conseguiu-se uma assistência regular de centenas de pessoas, durante a última metade das reuniões, pessoas que, do contrário, mal haviam pensado nisso. -- Obreiros Evangélicos, 401, 402. SC 149 5 Podemos ir à reunião campal, não somente para receber, mas para comunicar. Todo aquele que é participante do amor perdoador de Cristo, todo o que foi esclarecido pelo Espírito de Deus e convertido à verdade, por essas preciosas bênçãos sentir-se-á devedor a toda alma com quem se põe em contato. Os que são humildes de coração serão usados pelo Senhor para alcançar almas de quem o pastor ordenado não se pode aproximar. Serão impulsionados a proferir palavras que revelam a salvadora graça de Cristo. -- Testemunhos Seletos 2:382. SC 149 6 Ao seguirmos os planos do Senhor, tornamo-nos "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. Qualquer que seja o nosso cargo -- presidente de Associação, pregador, professor, aluno, ou simples membro da igreja -- o Senhor nos considera responsáveis pelo uso correto que fizermos de nossas oportunidades para transmitir a luz aos que necessitam da verdade presente. Um dos melhores meios que Ele nos deparou consiste na página impressa. Em nossas escolas e clínicas, nas igrejas e especialmente nas reuniões campais, devemos aprender a fazer uso sábio desse precioso instrumento. Com paciente diligência, os obreiros escolhidos deverão instruir o nosso povo a aproximarem-se dos incrédulos de maneira amável e atraente, e a pôr-lhes nas mãos a literatura que, com poder e clareza, apresenta a verdade para este tempo. -- Testemunhos Seletos 3:324. SC 150 1 A obra em nossas reuniões campais deve ser conduzida, não de acordo com os planos de homens, mas segundo a maneira de trabalhar de Cristo. Os membros da igreja devem ser incentivados ao trabalho. -- Testimonies for the Church 9:120. SC 150 2 As reuniões campais ao aproximar-se o fim do tempo -- Foi-me revelado que nossas reuniões campais devem crescer em interesse e êxito. Vi que à medida que nos aproximamos do fim, nessas reuniões se farão menos pregações, porém mais estudo da Bíblia. Haverá por toda parte pequenos grupos empunhando a Bíblia, e diferentes pessoas dirigindo o estudo das Escrituras, numa maneira franca, de palestra. -- Obreiros Evangélicos, 407, 408. SC 150 3 A ausência constitui sério prejuízo -- Nossas reuniões campais são preparadas e levadas a efeito à custa de grandes despesas. Os pastores, advogados de uma verdade impopular, trabalham excessivamente nessas grandes reuniões para apresentar a mensagem de misericórdia do Redentor crucificado a pobres pecadores caídos. Negligenciar essa mensagem, ou tratá-la com indiferença, é menosprezar a misericórdia de Deus e Sua voz de advertência e súplica. Vossa ausência nessas reuniões tem sido deveras prejudicial ao vosso bem-estar espiritual. Tendes perdido o vigor que poderíeis haver adquirido aí mediante as pregações da Palavra de Deus, e o convívio dos adeptos da verdade. -- Testimonies for the Church 4:115. SC 150 4 Não é questão de pequena importância para uma família o manter a posição de representantes de Jesus, guardando a lei de Deus em ambiente de descrentes. Requer-se de nós que sejamos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. Esta posição envolve terríveis responsabilidades. Para viver na luz, é mister vir para onde ela brilha. O irmão K, custasse o que custasse, devia sentir-se sob a mais solene obrigação de assistir com sua família, ao menos às reuniões anuais daqueles que amam a verdade. Isso haveria de fortalecer a ele e aos seus, preparando-os para as provações e os deveres. Não é bom para eles perderem o privilégio de associar-se com as pessoas da mesma fé; pois a verdade perde aos olhos deles sua importância, seu coração deixa de ser iluminado e vivificado por sua santificadora influência, e perdem a espiritualidade. Não são fortalecidos pelas palavras do pregador vivo. Pensamento e empreendimentos mundanos ocupam de contínuo sua mente, com exclusão dos assuntos espirituais. -- Testimonies for the Church 4:106. SC 150 5 Todos os que puderem, assistam a essas reuniões anuais. Todos devem sentir que Deus requer deles isto. Se não se aproveitam do privilégio que o Senhor lhes proporciona a fim de que se tornem fortes nEle, e no poder de Sua graça, tornar-se-ão mais e mais fracos, tendo cada vez menos desejo de consagrar tudo a Deus. SC 151 1 Vinde, irmãos e irmãs, a essas sagradas reuniões, a encontrar Jesus. Ele subirá à festa. Achar-Se-á presente, e fará por vós aquilo de que mais necessitais. Vossas fazendas não devem ser consideradas de maior valor que os mais altos interesses da alma. Todos os tesouros que possuís, por mais valiosos que sejam, não vos bastariam para comprar paz e esperança, as quais vos serão de infinito lucro, ainda que vos custem tudo quanto tendes e as lidas e sofrimentos de toda uma existência. Uma compreensão clara e firme das coisas eternas, e um coração disposto a entregar tudo a Cristo, são bênçãos de mais valor que todas as riquezas, prazeres e glórias deste mundo. -- Testimonies for the Church 2:575, 576. ------------------------Capítulo 19 -- O campo estrangeiro em nossa pátria SC 152 1 Obra de igual importância à dos campos estrangeiros -- Despertai, despertai meus irmãos e irmãs, e penetrai nos campos que nunca foram trabalhados. Depois de haverdes dado alguma coisa para campos estrangeiros, não penseis que cumpristes vosso dever. Há um trabalho a fazer em campos estrangeiros, mas há também um trabalho de igual importância a fazer nos Estados Unidos. Nestas cidades há pessoas de quase todas as línguas. Elas carecem da luz que Deus deu a Sua igreja. -- Testimonies for the Church 8:36. SC 152 2 Enquanto se executam planos para advertir os habitantes de várias nações em terras distantes, muito tem de ser feito em favor dos estrangeiros que vieram às praias de nossa própria terra. As almas na China não são mais preciosas que as almas sob a sombra de nossas portas. O povo de Deus deve trabalhar fielmente em terras distantes, segundo Sua providência abra o caminho; e devem também cumprir seu dever para com os estrangeiros de várias nacionalidades nas cidades e vilas e distritos rurais próximos. SC 152 3 Na cidade de Nova York, em Chicago e em outros grandes centros de população, existe vasto elemento estrangeiro -- multidões de várias nacionalidades, e quase todos inadvertidos ainda. Entre os adventistas do sétimo dia há um grande zelo -- e não digo absolutamente que haja demais -- para trabalhar em campos estrangeiros; mas seria agradável a Deus se um zelo proporcional fosse manifesto para trabalhar nas cidades próximas. Seu povo deve mover-se com prudência. Precisam lançar-se a esse trabalho nas cidades com sério fervor. Homens de consagração e talento devem ser mandados para essas cidades e lançar-se ao trabalho. Muitas classes de obreiros devem unir-se em levar a cabo esses esforços por advertir o povo. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1918. SC 152 4 Oportunidade enviada pelo Céu -- Em nosso próprio país existem milhares de todas as nações, e línguas e povos, que são ignorantes e supersticiosos, não tendo conhecimento da Bíblia ou de seus ensinos sagrados. A mão de Deus dirigiu sua vinda aos Estados Unidos, a fim de que pudessem ser trazidos sob a iluminadora influência da verdade revelada em Sua Palavra, e tornar-se participantes de Sua fé salvadora. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 153 1 Deus em Sua providência trouxe homens às nossas próprias portas, e os lançou, por assim dizer, em nossos braços, para que aprendessem a verdade, e fossem habilitados a fazerem uma obra que não podíamos fazer, em levar a luz a homens de outras línguas. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1918. SC 153 2 Muitos desses estrangeiros aqui estão pela providência de Deus, a fim de que tenham oportunidade de ouvir a verdade para este tempo, e receber um preparo que os habilite para voltar a sua própria terra como portadores de preciosa luz, que resplandece diretamente do trono de Deus. -- Pacific Union Recorder, 21 de Abril de 1910. SC 153 3 Grandes benefícios adviriam à causa de Deus nas regiões de além, se fossem feitos fiéis esforços em favor dos estrangeiros nas cidades de nossa pátria. Entre esses homens e mulheres acham-se alguns que, ao aceitarem a verdade, logo se poderiam habilitar para trabalhar por seu próprio povo neste e em outros países. Muitos poderiam voltar aos lugares de onde vieram, na esperança de ganharem para a verdade seus amigos. Poderiam procurar seus parentes e vizinhos, e comunicar-lhes o conhecimento da mensagem do terceiro anjo. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1918. SC 153 4 Ociosa negligência -- Tem havido ociosa negligência e criminosa incredulidade entre nós como um povo, e isso nos tem impedido de fazer a obra que Deus nos deixou, de fazer nossa luz brilhar aos de outras nações. -- Lar sem Sombras, 213. SC 153 5 Foi-me mostrado que, como um povo, temos estado a dormir em relação ao nosso dever quanto a levar a luz perante os de outras nações. -- Lar sem Sombras, 212. SC 153 6 Não estamos correspondendo com a providência de Deus, a abrir-nos caminho. Jesus e os anjos estão a operar. Esta causa avança, enquanto nós estamos parados e ficando na retaguarda. Se seguíssemos a providência de Deus que nos abre caminho, seríamos rápidos em discernir cada oportunidade, e em fazer o máximo de cada vantagem ao nosso alcance, a fim de que a luz se estendesse e espalhasse a outras nações. -- Lar sem Sombras, 212, 213. SC 153 7 Fortalecer as mãos dos obreiros -- Deus Se agradaria em ver maiores realizações de Seu povo, na apresentação da verdade para este tempo aos estrangeiros dos Estados Unidos, do que têm sido feitas até aqui. Fortaleçamos as mãos do Pastor Olsen [então, o secretário do departamento Estrangeiro Norte-Americano da Associação Geral] e seus companheiros de trabalho. Não permitamos que continuem a lutar sozinhos, com apenas uma mesquinha concessão para o prosseguimento de sua grande obra. SC 153 8 O Pastor Olsen contou-nos também do animador início entre os italianos, sérvios, romenos, russos e várias outras nacionalidades. Regozijamo-nos com ele em tudo que foi feito, e todavia nosso coração se entristeceu ao saber que muito do que poderia ter sido feito ficou por fazer, por falta de recursos. Esperamos que a coleta especial [...] arrecadada em todas as nossas igrejas dos Estados Unidos habilite nossos irmãos encarregados desse departamento a fazerem mais trabalho intensivo nas grandes cidades do país. Assim muitos poderão ser ganhos para nossas fileiras, e dentre eles podem ser preparados obreiros que proclamem a mensagem aos de sua própria nacionalidade, em nossa terra e nas outras nações do mundo. -- The Review and Herald, 25 de Julho de 1918. ------------------------Capítulo 20 -- A obra entre os ricos e influentes SC 155 1 Não deve ser negligenciada -- Há uma obra que deve ser feita em prol dos ricos. Precisam ser despertados para reconhecer sua responsabilidade como a quem foram confiados dons do Céu. Devem ser lembrados de que precisam prestar contas Àquele que julgará os vivos e os mortos. Os ricos necessitam de seu trabalho no amor e temor de Deus. Muitíssimas vezes confiam eles nas riquezas, e não sentem o perigo. SC 155 2 Aqueles que por sua instrução, riqueza ou fama, ocupam posição saliente no mundo, raramente são abordados pessoalmente sobre os interesses da alma. Muitos obreiros cristãos hesitam em aproximar-se destas classes. Mas isto não deve acontecer. Se um homem estivesse se afogando, não permaneceríamos imóveis, vendo-o perecer, porque é advogado, negociante ou juiz. Se víssemos pessoas rolando a um precipício, não hesitaríamos em socorrê-las, qualquer que fosse sua posição ou profissão. Semelhantemente, não devemos hesitar em advertir os homens do perigo da alma. Ninguém deve ser negligenciado por causa da aparente devoção às coisas materiais. -- Parábolas de Jesus, 230, 231. SC 155 3 Devemos experimentar angústia de espírito por aqueles que se acham em altas posições; cumpre-nos apresentar-lhes o gracioso convite para as bodas. -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 155 4 O Senhor deseja que homens possuidores de dinheiro sejam convertidos e sirvam de Sua mão auxiliadora para alcançar outros. Ele deseja que os que podem ajudar na obra da reforma e restauração vejam a preciosa luz da verdade e sejam transformados no caráter, e levados a empregar em Seu serviço o capital que lhes foi confiado. Ele deseja que empreguem os meios que lhes emprestou, em fazer bem, em abrir o caminho para o evangelho ser pregado a todas as classes perto e longe. -- Obreiros Evangélicos, 349. SC 155 5 Aqueles que pertencem às camadas sociais mais elevadas devem ser procurados com terna afeição e respeito fraternal. Homens de negócios, em altas posições de confiança, homens de faculdades inventivas e intuição científica, homens de gênio, mestres do evangelho, cuja atenção não foi dirigida para as verdades especiais deste tempo -- esses devem ser os primeiros a ouvir o convite. A eles deve ser feito o convite. -- Parábolas de Jesus, 230. SC 155 6 Têm sido cometidos erros em não buscar alcançar com a verdade pastores e outras pessoas das classes mais elevadas. Temos evitado por demais as pessoas que não são de nossa fé. Conquanto não nos devamos associar a elas para cedermos à sua influência, existem por toda parte pessoas sinceras pelas quais devemos trabalhar acautelada, prudente e inteligentemente, cheios de amor por sua alma. Dever-se-ia arrecadar um fundo a fim de educar homens e mulheres para trabalhar por essas classes mais elevadas, tanto aqui como em outros países. -- Testemunhos Seletos 2:225, 226. SC 156 1 Habilitações especiais dos obreiros -- Alguns são especialmente habilitados a trabalhar nas classes mais elevadas. Estes devem buscar de Deus sabedoria para saber como alcançar essas pessoas, não somente para uma relação casual com elas, mas para, mediante esforço pessoal e fé viva, despertá-las para as necessidades da alma, levá-las ao conhecimento da verdade tal como é em Jesus. -- A Ciência do Bom Viver, 213. SC 156 2 Portem-se os que trabalham com as classes mais altas com verdadeira dignidade, lembrando-se de que os anjos são seus companheiros. Conservem eles o tesouro do espírito e do coração cheio de "Está escrito". -- A Ciência do Bom Viver, 215. SC 156 3 Em cada esforço para alcançar as mais altas classes, o obreiro de Deus necessita de forte fé. As aparências podem parecer desoladoras, mas na hora mais escura há luz do alto. -- Atos dos Apóstolos, 242. SC 156 4 Deus chama obreiros humildes e fervorosos, que desejem levar o evangelho às mais altas classes. -- Atos dos Apóstolos, 140. SC 156 5 Resultados garantidos -- Há milagres a serem operados em conversões genuínas -- milagres que não são agora discernidos. Os maiores homens deste mundo não estão além do poder de um Deus que opera maravilhas. Se todos os que são Seus coobreiros se dispuserem a ser homens de oportunidade, cumprindo brava e fielmente o dever, Deus converterá homens que ocupam posições de responsabilidade, homens de intelecto e de influência. Pelo poder do Espírito Santo muitos aceitarão os princípios divinos. Convertidos à verdade, tornar-se-ão instrumentos na mão de Deus, para comunicar luz. Sentirão especial responsabilidade por outras almas desta classe negligenciada. Consagrarão tempo e dinheiro à obra do Senhor, e uma nova eficiência e poder serão adicionados à igreja. -- Atos dos Apóstolos, 140. SC 156 6 Muitos da alta camada social estão pesarosos e cansados da vaidade; anseiam uma paz que não possuem. Nas mais elevadas classes da sociedade há homens que têm fome e sede de salvação. Muitos receberiam auxílio se os obreiros do Senhor deles se aproximassem pessoalmente de maneira cortês, com o coração enternecido pelo amor de Cristo. -- Parábolas de Jesus, 231. SC 156 7 Muitos dos mais eminentes homens do mundo, doutos e estadistas, nestes últimos dias volver-se-ão da luz porque o mundo por sua própria sabedoria desconhece a Deus. Entretanto, os servos de Deus deverão aproveitar cada oportunidade para comunicar a verdade a esses homens. Alguns reconhecerão sua ignorância em relação às coisas de Deus e assentar-se-ão como humildes discípulos aos pés de Jesus, o Mestre por excelência. -- Atos dos Apóstolos, 241, 242. SC 157 1 Ricos dos tempos bíblicos -- Este etíope era homem de boa posição e grande influência. Deus viu que, quando se convertesse, proporcionaria a outros a luz que recebera, e exerceria forte influência em prol do evangelho. Anjos de Deus estavam auxiliando este inquiridor da luz, e ele estava sendo atraído para o Salvador. Pelo ministério do Espírito Santo, o Senhor o pôs em contato com quem o poderia guiar à luz. -- Atos dos Apóstolos, 107. SC 157 2 Agora, quando os judeus procuravam destruir a igreja nascente, Nicodemos veio em sua defesa. Não mais cauteloso nem duvidando, encorajou a fé dos discípulos, e usou sua riqueza em ajudar a manter a igreja em Jerusalém, e no avanço da obra do evangelho. Os que noutros tempos o reverenciaram, agora o perseguiam e dele escarneciam; e ele tornou-se pobre em bens deste mundo, mas não esmoreceu na defesa de sua fé. -- Atos dos Apóstolos, 105. ------------------------Capítulo 21 -- O lar como centro de educação missionária SC 158 1 Muito importante -- O lar é a primeira escola da criança, e é aí que se devem lançar as bases para uma vida de serviço. A Ciência do Bom Viver, 400. A primeira grande ocupação de vossa vida é ser missionário no lar. -- Testimonies for the Church 4:138. SC 158 2 A restauração e reerguimento da humanidade começam no lar. A obra dos pais é a base de toda outra obra. [...] A felicidade da sociedade, o êxito da igreja e a prosperidade da nação dependem das influências domésticas. -- A Ciência do Bom Viver, 349. SC 158 3 Quanto mais profundamente o espírito de verdadeiro serviço penetrar o lar, tanto mais profundamente ele se desenvolverá na vida das crianças. Elas encontrarão prazer em servir e sacrificar-se pelo bem dos outros. -- A Ciência do Bom Viver, 401. SC 158 4 Não esqueçam os pais o grande campo missionário que jaz perante eles no lar. O filho confiado por Deus a sua mãe, constitui um sagrado encargo. "Toma este filho, esta filha", diz Deus, "e educa-o para Mim. Forma-lhe caráter polido à semelhança dos palácios, para que possa resplandecer para sempre nas cortes do Senhor." A luz e glória que irradia do trono de Deus repousa sobre a mãe fiel enquanto se esforça por educar os filhos de maneira a resistirem às influências do mal. -- Testemunhos Seletos 3:303. SC 158 5 Nossa obra para Cristo deve começar com a família, no lar. [...] Não existe campo missionário mais importante do que esse. Por preceito e exemplo devem os pais ensinar os filhos a trabalharem pelos inconversos. Devem as crianças ser educadas de maneira tal que simpatizem com os idosos e enfermos, e tratem de aliviar os sofrimentos dos pobres e oprimidos. Deve-se-lhes ensinar a serem diligentes na atividade missionária; e, desde tenra idade, inculcar a abnegação e sacrifício para o bem de outros e o progresso da causa de Cristo, a fim de serem colaboradores de Deus. SC 158 6 Mas se alguma vez houverem de aprender a fazer trabalho missionário verdadeiro em favor dos demais, devem eles aprender primeiramente a trabalhar pelos que estão em casa e têm direito natural ao seu serviço de amor. -- Testemunhos Seletos 3:62, 63. SC 158 7 Nossos lares devem ser postos em ordem, assim como nos cumpre fazer fervorosos esforços para interessar todos os membros da família nos empreendimentos missionários. Devemos interessar nossos filhos em zelosa obra pelos que não estão salvos, de maneira que eles façam o máximo que lhes for possível em todos os tempos e em toda parte, a fim de representarem a Cristo. -- The Review and Herald, 4 de Julho de 1893. SC 159 1 O relatório do anjo -- Quando homens casados vão para o trabalho, deixando em casa a esposa para cuidar dos filhos, a esposa e mãe estará realizando uma obra tão importante quanto o marido e pai. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra, que consiste em desenvolver e moldar a inteligência e o caráter dos filhos e educá-los para serem homens úteis aqui e idôneos para a futura vida imortal, é uma obra sagrada e importante. O marido, lá fora pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome junto ao dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem. -- Testemunhos Seletos 2:235, 236. SC 159 2 Os filhos e as responsabilidades materiais e espirituais -- Todos podem fazer alguma coisa. Num esforço por escusarem-se, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, vossos filhos devem ser vossa mão auxiliadora, aumentando vossa capacidade e habilidade para trabalhardes para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e alma Lhe pertencem. Devem ser instruídos para ajudar em vários ramos de serviço abnegado. Não permitais que vossos filhos sejam empecilhos. Convosco, devem os filhos partilhar os encargos tanto espirituais como físicos. Ajudando outros, aumentam a própria felicidade e utilidade. -- Testemunhos Seletos 3:103. SC 159 3 A vasta influência do lar -- Uma casa cristã bem ordenada é um poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã, argumento que o incrédulo não pode contradizer. Todos podem ver que há na família uma influência em atividade, a qual afeta os filhos, e que o Deus de Abraão está com eles. Se os lares dos professos cristãos tivessem um molde religioso correto, exerceriam uma poderosa influência para o bem. Seriam na verdade "a luz do mundo". Mateus 5:14. -- Patriarcas e Profetas, 144. SC 159 4 A missão do lar estende-se para além do círculo de seus membros. O lar cristão deve ser uma lição prática que ponha em relevo a excelência dos princípios verdadeiros da vida. Semelhante exemplo será no mundo uma força para o bem. Muito mais poderosa que qualquer sermão pregado é a influência de um verdadeiro lar, no coração e na vida. Ao deixarem um lar assim, os jovens ensinarão as lições que aí aprenderam. Por essa maneira, penetrarão em outros lares princípios mais nobres de vida, e uma influência regeneradora far-se-á sentir na sociedade. -- A Ciência do Bom Viver, 352. SC 160 1 A maior prova do poder do cristianismo que se pode apresentar ao mundo, é uma família bem ordenada, bem disciplinada. Isso recomendará a verdade como nenhuma outra coisa o poderá fazer; pois é um testemunho vivo de seu virtual poder sobre o coração. -- Testimonies for the Church 4:304. SC 160 2 Deus pretende que as famílias da Terra sejam um símbolo da família do Céu. Os lares cristãos, estabelecidos e mantidos de conformidade com o plano de Deus, contam-se entre as Suas instrumentalidades mais eficientes para a formação do caráter cristão e para o avançamento de Sua Obra. -- Testemunhos Seletos 3:63, 64. SC 160 3 Nossa esfera de influência poderá parecer limitada, nossas capacidades diminutas, escassas as oportunidades, nossos recursos reduzidos; no entanto, se soubermos aproveitar fielmente as oportunidades de nossos lares, maravilhosas serão nossas possibilidades. Se abrirmos o coração e o lar aos divinos princípios da vida, poderemos ser condutos que levem correntes de força vivificante. De nosso lar brotarão rios de vida e de saúde, de beleza e fecundidade numa época como esta, em que tudo é desolação e esterilidade. -- A Ciência do Bom Viver, 355. SC 160 4 Escolhendo a bandeira para o lar -- Vi Satanás plantando sua bandeira nos lares dos que professam ser os escolhidos de Deus; mas os que andam na luz devem ser capazes de discernir a diferença entre a negra bandeira do adversário e a bandeira manchada de sangue, de Cristo. -- Testimonies for the Church 4:200. SC 160 5 A importância do altar de família -- Vós que professais amar a Deus, tomai a Jesus convosco, aonde quer que vades; e, como os patriarcas de outrora, erigi um altar ao Senhor onde quer que armeis vossa tenda. Necessita-se uma reforma nesse sentido -- reforma que seja profunda e ampla. -- Testimonies for the Church 5:320, 321. SC 160 6 Satanás faz esforços para afastar os homens de Deus, e é sempre bem-sucedido nesse propósito quando consegue absorver a sua atenção de modo que não tomem tempo para ler a Bíblia, orar particularmente e oferecer seus sacrifícios de ações de graça e louvor de manhã e à tarde sobre o altar de família. -- Testemunhos Seletos 2:136. SC 160 7 Que o culto familiar seja aprazível e interessante. -- Testimonies for the Church 5:335. SC 160 8 Devem ser instruídos [os filhos] a respeitar as horas de oração e a levantar-se cedo para tomar parte no culto da família. -- Testemunhos Seletos 2:134. SC 160 9 É necessário apresentar a religião às crianças de maneira atrativa, não repulsiva. Torne-se a hora do culto de família a mais feliz do dia. A leitura das Escrituras seja bem escolhida e simples; as crianças tomem parte nos cânticos; e sejam as orações curtas e específicas. -- The Southern Work, 13 de Junho de 1905. SC 161 1 À mesa da família, assim como ao seu altar, os hóspedes são bem-vindos. Os momentos de oração impressionam os que recebem hospedagem e mesmo uma só visita pode significar a salvação de uma alma da morte. O Senhor leva em conta essa obra, dizendo: "Eu recompensarei." -- Testemunhos Seletos 2:574. SC 161 2 Os filhos devem ser ensinados a respeitar e reverenciar a hora de oração. Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida, e o pai ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. Ide com humildade, coração cheio de ternura, e com o senso das tentações e perigos que se acham diante de vós e de vossos filhos; pela fé, atai-os ao altar, suplicando para eles o cuidado do Senhor. Anjos ministradores hão de guardar as crianças assim consagradas a Deus. É o dever dos pais cristãos, de manhã e à tarde, pela fervente oração e fé perseverante, porem um muro em torno de seus filhos. Cumpre-lhes instruí-los pacientemente -- bondosa e infatigavelmente ensinai-lhes a viver de maneira a agradar a Deus. -- Testemunhos Seletos 1:147, 148. SC 161 3 Abraão, o amigo de Deus, dá-nos um digno exemplo. A sua vida foi uma vida de oração. Onde quer que ele armasse a tenda, junto construía o altar, convocando todos os que faziam parte de seu acampamento para o sacrifício da manhã e da tarde. Quando a tenda era removida, o altar ficava. Nos anos subseqüentes, houve os que entre os cananeus errantes receberam instrução de Abraão; e, quando quer que um desses vinha àquele altar, sabia quem havia estado ali antes; e, depois de armar a tenda, reparava o altar, e ali adorava o Deus vivo. -- Patriarcas e Profetas, 128. ------------------------Capítulo 22 -- A reunião missionária e de oração SC 162 1 Segredo da oração eficaz -- A edificação do reino de Deus é retardada ou apressada segundo seja a infidelidade ou fidelidade dos instrumentos humanos. O trabalho é prejudicado pela falta de cooperação do humano com o divino. Podem os homens orar: "Venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu" (Mateus 6:10), mas se deixam de pôr em prática na vida essa oração, suas petições serão infrutíferas. -- Testemunhos Seletos 3:70, 71. SC 162 2 Exercícios devocionais na balança -- Todo o Céu contempla os habitantes da Terra. Os anjos e o Deus do Céu contemplam os que professam ser cristãos, e pesam os seus exercícios devocionais. -- The Signs of the Times, 22 de Junho de 1903. SC 162 3 Tornando interessantes as reuniões -- Seja a reunião missionária feita de modo a contribuir para ensinar ao povo como fazer trabalho missionário. -- An Appeal to Our Churches in Behalf of Home Missionary Work, 11. SC 162 4 Nossas reuniões de testemunho e de oração devem-se tornar ocasiões de auxílio e animação especiais. Cada um tem uma obra a fazer para tornar essas reuniões o mais interessantes e proveitosas possível. Isto melhor se pode conseguir mediante uma experiência cada dia nova nas coisas de Deus, e não hesitando em falar acerca de Seu amor nas assembléias de Seu povo. Se não permitis que nenhuma treva ou incredulidade penetre em vosso coração, estas não se manifestarão em vossas reuniões. -- The Southern Work, 7 de Março de 1905. SC 162 5 Nossas reuniões devem oferecer o maior interesse possível. Deve imperar ali a própria atmosfera do Céu. As orações e discursos não devem ser prolixos e enfadonhos, apenas para encher o tempo. Todos devem espontaneamente e com pontualidade contribuir com sua parte e, esgotada a hora, a reunião deve ser pontualmente encerrada. Desse modo será conservado vivo o interesse. Nisso está o culto agradável a Deus. Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, Seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nas almas desanimadas um desejo ardente de beber da água da vida. -- Testemunhos Seletos 2:251, 252. SC 162 6 Não imagineis que seja possível despertar o interesse dos jovens indo à reunião missionária e pregando um longo sermão. Planejai meios pelos quais se possa despertar um vivo interesse. Cada semana os jovens devem levar seus relatórios, contando o que têm tentado fazer pelo Salvador, e o êxito obtido. Se as reuniões missionárias fossem uma ocasião para apresentar esses relatórios, não se tornariam desinteressantes, monótonas, enfadonhas. Seriam cheias de atrativos, e não haveria falta de assistência. -- Obreiros Evangélicos, 210, 211. SC 163 1 Quando a fé se apossa de Cristo, a verdade deleitará a alma, e a prática da religião não será árida nem enfadonha. As vossas reuniões sociais agora insípidas e sem vida, serão vitalizadas pelo Espírito Santo; diariamente, ao praticardes o cristianismo que professais, tereis rica experiência. -- Testemunhos Seletos 3:70. SC 163 2 Testificando de nossa experiência -- Como seguidores de Cristo, nossas palavras devem ser um auxílio e encorajamento a outros na vida cristã. Muito mais do que fazemos, precisamos falar dos preciosos capítulos de nossa experiência. -- Parábolas de Jesus, 338. SC 163 3 A igreja necessita da experiência nova e viva dos membros que mantêm uma habitual comunhão com Deus. Testemunhos e orações insípidos, batidos, destituídos da presença de Cristo, não ajudam o povo. Se todo aquele que pretende ser filho de Deus fosse cheio de fé, de luz e de vida, que maravilhoso testemunho seria dado àqueles que vêm ouvir a verdade! E quantas almas poderiam ser ganhas para Cristo! -- Testimonies for the Church 6:64. SC 163 4 Nossa confissão de Sua fidelidade é o meio escolhido pelo Céu para revelar Cristo ao mundo. Cumpre-nos reconhecer Sua graça segundo foi dada a conhecer por intermédio dos santos homens da antiguidade; mas o que será mais eficaz é o testemunho de nossa própria experiência. Somos testemunhas de Deus ao revelarmos em nós mesmos a operação de um poder divino. Cada indivíduo tem uma vida diversa da de todos os outros, e uma experiência que difere muito da deles. Deus deseja que nosso louvor ascenda a Ele, levando o cunho de nossa própria personalidade. Esses preciosos reconhecimentos para louvor da glória de Sua graça, quando fortalecidos por uma vida semelhante à de Cristo, possuem irresistível poder, o qual opera para a salvação das pessoas. -- A Ciência do Bom Viver, 100. SC 163 5 Louvor e ações de graças -- Louvar a Deus em plenitude e sinceridade de coração é tanto um dever quanto o é a oração. Devemos mostrar ao mundo e a todos os seres celestiais que apreciamos o maravilhoso amor de Deus à humanidade decaída, e esperamos maiores bênçãos de Sua infinita plenitude. [...] Depois de um derramamento especial do Espírito Santo, nossa alegria no Senhor e nossa eficiência em Seu serviço aumentariam grandemente com o recontar Sua bondade e Suas maravilhosas obras a favor de Seus filhos. Essas práticas reprimem o poder de Satanás. Expelem o espírito de murmuração e queixa, e o tentador perde terreno. Cultivam aqueles atributos de caráter que habilitarão os moradores da Terra para as mansões celestes. Um tal testemunho terá influência sobre outros. Não pode ser empregado meio mais eficaz de conquistar almas para Cristo. -- Parábolas de Jesus, 299, 300. SC 164 1 O Senhor deseja que façamos menção de Sua bondade e falemos de Seu poder. É honrado pela expressão de louvores e ações de graças. Diz: "Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará". Salmos 50:23. Quando jornadeava pelo deserto, o povo de Israel louvava a Deus com cânticos sacros. Os mandamentos e promessas de Deus eram postos em música, e durante toda a viagem cantavam-nos os viajantes peregrinos. E em Canaã, quando se congregassem nas festas sagradas, as maravilhosas obras de Deus deviam ser relembradas e oferecidas ações de graças ao Seu nome. Deus desejava que toda a vida de Seu povo fosse uma vida de louvor. -- Parábolas de Jesus, 298, 299. SC 164 2 Costume perigoso -- Alguns, temendo sofrer perda de tesouros terrestres, negligenciam a oração e o reunir-se para a adoração de Deus, para que tenham mais tempo para dedicar a suas lavouras ou seus negócios. Mostram, por suas obras, a que mundo eles dão maior valor. Sacrificam privilégios religiosos, que são essenciais para seu progresso espiritual, pelas coisas desta vida, e deixam de obter o conhecimento da vontade divina. Não aperfeiçoam um caráter cristão, e não alcançam a medida de Deus. Põem em primeiro lugar seus interesses temporais, mundanos, e roubam a Deus o tempo que deveriam dedicar ao Seu serviço. Deus assinala essas pessoas e receberão maldição, em vez de bênção. -- Testimonies for the Church 2:654. SC 164 3 Promessa confortadora -- Deus Se lembrará dos que se têm reunido e pensado em Seu nome, e Ele os poupará da grande conflagração. Serão à Sua vista como jóias preciosas. -- Testimonies for the Church 4:107. ------------------------Capítulo 23 -- Ramos da obra missionária SC 165 1 Consideração para com os cegos -- Anjos são enviados a ajudar os filhos de Deus que são fisicamente cegos. Anjos lhes vigiam os passos e salvam-nos de mil perigos que, desconhecidos para eles, lhes assediam o caminho. -- Testimonies for the Church 3:516. SC 165 2 Ele não ouvirá a oração de Seu povo enquanto [...] os cegos e os doentes forem negligenciados entre eles. -- Testimonies for the Church 3:518. SC 165 3 Se existem na igreja os que querem fazer os cegos tropeçarem, devem ser chamados à justiça; pois Deus nos fez guardas dos cegos, dos sofredores, das viúvas e dos órfãos. O tropeço ao qual se refere a Palavra de Deus, não quer dizer um bloco de madeira colocado ante os pés do cego (Levítico 19:14) para fazê-lo tropeçar; mas quer dizer muito mais que isso. Quer dizer qualquer procedimento seguido para prejudicar a influência de um irmão cego, trabalhar contra seus interesses, ou estorvar sua prosperidade. -- Testimonies for the Church 3:519. SC 165 4 O cego, pela perda da vista, enfrenta desvantagens por todos os lados. O coração no qual não se suscitem piedade e simpatia ao ver um cego andando às apalpadelas num mundo para ele vestido em trevas, é de fato duro, e tem de ser abrandado pela graça de Deus. -- Testimonies for the Church 3:521. SC 165 5 O cuidado dos órfãos -- Até que a morte seja tragada pela vitória, haverá órfãos a serem cuidados, os quais sofrerão em vários modos, se a terna compaixão e benignidade de nossos membros da igreja não forem exercidas em seu favor. O Senhor nos ordena: "Que [...] recolhas em casa os pobres desterrados." O cristianismo deve suprir pais e mães para esses destituídos de lar. A compaixão pela viúva e o órfão, manifestados em orações e atos, subirá em lembrança a Deus, para ser afinal recompensada. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. SC 165 6 Quando socorreis o pobre, vos compadeceis dos sofredores e oprimidos e amparais os órfãos, pondes-vos na mais íntima relação com Jesus. -- Testimonies for the Church 2:25. SC 165 7 Há órfãos que podem ser cuidados; mas muitos não se aventurarão a empreender semelhante obra; pois que envolve mais trabalho do que lhes apraz fazer, deixando-lhes pouco tempo para seus próprios prazeres. Mas quando o Rei fizer investigação, essas almas ociosas, mesquinhas e egoístas saberão então que o Céu é para aqueles que foram obreiros, os que se negaram a si mesmos por amor de Cristo. Nenhuma providência foi tomada em favor dos que sempre tiveram tão especial cuidado em se amarem e cuidarem de si mesmos. A terrível punição com que o Rei ameaçou os de Sua esquerda, neste caso, não é por causa de seus grandes crimes. Não são condenados pelas coisas que fizeram, mas pelas que não fizeram. Não fizeram as coisas que o Céu lhes destinara a fazer. Agradaram a si mesmos, e podem receber sua parte com os que só cuidam de si. -- The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 166 1 Há órfãos, aos quais Cristo ordenou aos Seus seguidores que recebessem como legado de Deus. Muitas vezes são abandonados. Podem ser maltrapilhos, grosseiros e de aparência nada atraentes; contudo são propriedade de Deus. Foram comprados por preço, e aos Seus olhos são tão preciosos quanto nós. São membros da grande família de Deus, e os cristãos, como mordomos Seus, são por eles responsáveis. "Suas almas", disse, "requererei de tua mão." -- Parábolas de Jesus, 386, 387. SC 166 2 O Senhor convida todo membro da igreja a cumprir seu dever com relação a esses órfãos. Não trabalheis por eles, entretanto, unicamente porque seja vosso dever, mas porque os amais, e Cristo morreu para salvá-los. Cristo comprou essas almas que necessitam de vosso cuidado, e espera que as ameis como Ele vos tem amado a vós em vossos pecados e rebeldias. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. SC 166 3 Ele não ouvirá a oração de Seu povo enquanto os órfãos, os destituídos de pai, os coxos, os cegos e os doentes forem negligenciados entre eles. -- Testimonies for the Church 3:518. SC 166 4 Há um vasto campo perante todos os que desejam trabalhar pelo Mestre, em cuidar dessas crianças e jovens sem amigos, colocando-os em posição favorável para a formação de um caráter reto, para que se tornem filhos de Deus. Existem crianças pouco promissoras que precisam ser procuradas com ternura; muitos que de outro modo cresceriam em ignorância, sendo arrastados por companhias que levam ao vício e ao crime, podem ser levados para ambientes favoráveis, e sob terno e cristão cuidado e vigilância poderão ser salvos para Cristo. [...] Essa obra em favor de outros requererá esforço e abnegação e sacrifício; mas que é o pequeno sacrifício que façamos, em comparação com a grande dádiva de Deus, de Seu Filho unigênito? Deus nos concedeu o privilégio de tornarmo-nos cooperadores Seus. -- The Review and Herald, 27 de Junho de 1893. SC 166 5 Trabalho com os negros -- Há neste país um vasto campo não trabalhado. Os negros, numerando milhares de milhares, devem merecer a consideração e simpatia de todo verdadeiro e ativo crente em Cristo. Esse povo não vive em algum país estrangeiro, e não se prostram ante ídolos de pau e de pedra. Vivem entre nós, e repetidamente, mediante os testemunhos de Seu Espírito, Deus chamou nossa atenção para eles, dizendo-nos que aí se acham seres humanos negligenciados. Esse vasto campo está perante nós por trabalhar, pedindo a luz que Deus nos confiou. -- Testimonies for the Church 8:205. SC 167 1 Muros de separação têm sido construídos entre os brancos e os negros. Esses muros de preconceito ruirão por si mesmos, como aconteceu com os muros de Jericó, quando os cristãos obedecem à Palavra de Deus, que lhes ordena o supremo amor ao Seu Criador e amor imparcial ao próximo. [...] Que toda igreja cujos membros professem crer na verdade para este tempo, olhe para essa raça negligenciada e oprimida, que em resultado da escravidão foi privada do privilégio de pensar e agir por si mesmos. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1895. SC 167 2 Empenhemo-nos em fazer uma obra pelo povo do Sul. Não nos contentemos com simplesmente ficar a contemplar, tomando meras resoluções que nunca se cumprem; mas façamos de coração alguma coisa para o Senhor, para aliviar a miséria de nossos irmãos negros. -- The Review and Herald, 4 de Fevereiro de 1896. SC 167 3 O nome do negro está escrito no livro da vida, junto do nome do branco. Todos são um em Cristo. O nascimento, a posição, nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens. O caráter é que faz o homem. Se um pele-vermelha, um chinês ou africano rende o coração a Deus em obediência e fé, Jesus não o ama menos por causa de sua cor. Chama-lhe Seu irmão muito amado. SC 167 4 Vem o dia em que os reis e os senhores da Terra teriam prazer em trocar lugares com o mais humilde africano que lançou mão da esperança do evangelho. SC 167 5 Deus cuida não menos das almas da raça africana que possam ser ganhas para servi-Lo, do que cuidou de Israel. Ele requer muito mais de Seu povo do que este Lhe tem dado em trabalho missionário entre o povo do Sul de todas as classes, e especialmente a raça de cor. Não estamos nós sob obrigação mesmo maior de trabalhar pelo povo de cor, do que por aqueles que têm sido mais altamente favorecidos? Quem foi que manteve esse povo em servidão? Quem os conservou em ignorância? [...] Se a raça se degradou, se são repulsivos nos hábitos e maneiras, quem os fez assim? Não lhes deve muito a gente branca? Depois de tão grande injustiça lhes haver sido feita, não se deveria fazer sério esforço por erguê-los? A verdade tem de ser-lhes levada, eles têm alma a ser salva, assim como nós. -- The Southern Work, 20 de Março de 1891. SC 167 6 Reforma a favor da temperança -- De todos quantos se pretendem contar entre os amigos da temperança, os adventistas do sétimo dia devem-se achar na primeira linha. -- Obreiros Evangélicos, 384. SC 167 7 Quanto à questão da temperança, assumi, sem vacilação, vossa atitude. Sede firmes como a rocha. -- Obreiros Evangélicos, 394. SC 167 8 Temos a fazer, no sentido da temperança, uma obra que vai além de falar em público. Precisamos apresentar nossos princípios em folhetos e em nossas revistas. Cumpre-nos empregar todos os meios possíveis para despertar nosso povo para o cumprimento de seu dever de se pôr em contato com os que não conhecem a verdade. O êxito que temos tido na obra missionária, tem sido inteiramente proporcional à abnegação, ao sacrifício dos esforços que temos feito. Só o Senhor sabe quanto poderíamos ter realizado se, como um povo, nos tivéssemos humilhado perante Ele, e proclamado a verdade da temperança de maneira clara e positiva. -- Obreiros Evangélicos, 385. SC 168 1 A questão da temperança deve receber decidido apoio do povo de Deus. A intemperança está lutando por adquirir o domínio; a condescendência com os próprios desejos cresce, e necessitam-se grandemente das publicações que tratam da reforma de saúde. A literatura que trata desse assunto é a mão direita do evangelho, levando almas a pesquisarem a Bíblia em busca de melhor compreensão da verdade. Deve-se fazer soar a nota de advertência contra o grande mal da intemperança; e para que isso possa ser feito, todo observador do sábado deve estudar e pôr em prática as instruções contidas nas revistas e livros nossos que tratam de saúde. E devem fazer mais que isto: devem fazer fervorosos esforços para pôr em circulação estas publicações entre seus vizinhos. -- The Southern Work, 20 de Novembro de 1902. SC 168 2 Apresentai-lhes o compromisso de abstinência total, pedindo que o dinheiro que, de outro modo, eles gastariam em bebidas, fumo ou prazeres semelhantes seja consagrado a aliviar os pobres, enfermos, ou à educação de crianças e jovens de modo a serem úteis no mundo. -- A Ciência do Bom Viver, 211. SC 168 3 Importância de prosseguir nos esforços -- Em resultado da apresentação da verdade em congregações grandes, desperta-se um espírito de indagação, e é especialmente importante que esse interesse seja seguido pelo trabalho pessoal. Os que desejam pesquisar a verdade, precisam ser ensinados a estudar diligentemente a Palavra de Deus. Alguém terá de ajudá-los a construir sobre alicerce firme. Nessa ocasião crítica em sua experiência religiosa, quão importante é que instrutores bíblicos sabiamente dirigidos venham ao seu auxílio e lhes abram ao entendimento o tesouro da Palavra de Deus! -- Testimonies for the Church 9:111. SC 168 4 Perdeu-se o momento áureo. As impressões feitas não foram seguidas por trabalho posterior. Teria sido melhor se não se tivesse despertado o interesse; pois se as convicções foram uma vez resistidas e vencidas, é muito difícil impressionar de novo a mente com a verdade. -- Testimonies for the Church 2:118. SC 168 5 A administração dos recursos -- Em qualquer utilização de recursos, devemos esforçar-nos para cumprir o desígnio daquele que é o Alfa e Ômega de todo esforço cristão. -- Testimonies for the Church 9:49. SC 168 6 O dinheiro é de grande valor, porque pode realizar grande bem. Nas mãos dos filhos de Deus é alimento para o faminto, água para o sedento, vestido para o nu. É proteção para o opresso, e meio para socorrer o enfermo. Mas o dinheiro não é de mais valor que a areia, a não ser que o empreguemos para prover às necessidades da vida, para bênção de outros, e para o avançamento da causa de Cristo. -- Parábolas de Jesus, 351, 352. SC 169 1 Deus mesmo originou planos para o avançamento de Sua obra, e Ele proveu a Seu povo um excesso de meios a fim de que, quando Ele solicitar auxílio, possam atender, dizendo: "Senhor, a Tua mina rendeu dez minas". Lucas 19:16. -- Testimonies for the Church 9:58. SC 169 2 Dinheiro não pode ser introduzido na vida futura; ele não é necessário lá; mas as boas obras feitas para conquistar almas para Cristo, são levadas às mansões celestes. Mas os que desperdiçam egoistamente as dádivas do Senhor, que deixam seus semelhantes sem auxílio, e nada fazem para a promoção da obra de Deus neste mundo, desonram seu Criador. Roubo a Deus está escrito junto a seus nomes nos livros do Céu. -- Parábolas de Jesus, 266. SC 169 3 Que vale neste tempo o dinheiro, em comparação com o valor de almas? Cada dólar de nossos recursos deve ser considerado como sendo do Senhor, e não nosso; e como um precioso depósito a nós feito por Deus, não para ser gasto em coisas sem importância, mas cuidadosamente empregado na causa de Deus, na obra de salvar homens e mulheres da ruína. -- Lar sem Sombras, 214. SC 169 4 Não é a obra missionária a ser feita neste mundo bastante importante para requerer nossa influência e nosso apoio? Não deveríamos nós recusar-nos qualquer extravagância, e pôr nossas dádivas no tesouro de Deus, a fim de que a verdade seja enviada a outros países, e as missões locais se possam manter? Não merecerá essa obra a aprovação do Céu? A obra para estes últimos dias não tem sido sustentada mediante grandes legados, ou levada avante por influência mundana. Ela se tem mantido à custa de dádivas que representam atos de abnegação, de espírito de sacrifício. Deus nos tem concedido o privilégio de nos tornarmos participantes dos sofrimentos de Cristo aqui, e tomou providências para que tenhamos direito a uma herança na Terra renovada. -- The Review and Herald, 2 de Dezembro de 1890. SC 169 5 Foi-me mostrado que o anjo relator faz um registro fiel de toda a oferta feita a Deus, e posta no tesouro, bem como dos resultados finais dos meios assim doados. Os olhos do Senhor tomam conhecimento de toda moedinha consagrada a Sua causa, e da boa vontade ou relutância do doador. O motivo por que se dá também é registrado. As pessoas abnegadas e consagradas que devolvem a Deus o que Lhe pertence, como Ele requer, serão recompensadas segundo as suas obras. Embora os recursos assim consagrados sejam mal aplicados, de modo que não venham a preencher os fins que o ofertante tinha em vista -- a glória de Deus e a salvação de almas -- aqueles que fizeram o sacrifício em sinceridade de coração, com o único fito de glorificar a Deus, não perderão sua recompensa. -- Testimonies for the Church 2:518, 519. SC 169 6 Cada oportunidade de ajudar a um irmão necessitado, ou de auxiliar a causa de Deus na disseminação da verdade, é uma pérola que podeis de antemão enviar e pôr em depósito no banco celeste, para guardá-la em segurança. Deus vos está experimentando e provando. Ele vos tem outorgado Suas bênçãos com mão pródiga, e agora observa a ver que emprego lhes estais dando, se ajudais os necessitados, e se estimais o valor das almas, fazendo o que podeis com aquilo que Ele vos confiou. Toda oportunidade assim aproveitada acrescenta vosso tesouro celeste. -- Testimonies for the Church 3:249, 250. SC 170 1 O sistema celestial de relatar -- Os anjos fazem um fiel relatório da obra de todo homem. -- Testemunhos Seletos 1:68. SC 170 2 Cada ato de amor, toda palavra de bondade, toda oração em favor dos sofredores e oprimidos, é relatada perante o trono eterno, e posta no imperecível registro do Céu. -- Testemunhos Seletos 2:28. SC 170 3 Um registro é levado ao Céu, de todo o esforço bem-sucedido de nossa parte para dissipar as trevas e propagar o conhecimento de Cristo. Ao ser a ação referida diante do Pai, fremente alegria toma posse de todo o exército celestial. -- Atos dos Apóstolos, 154. SC 170 4 Os anjos são comissionados para nos servirem de auxiliares. Eles transitam entre a Terra e o Céu, levando o relatório dos atos dos filhos dos homens. -- The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 170 5 Faria bem [...] lembrar o registro que é mantido no alto -- o livro no qual não há omissões, nem erro, e pelo qual serão julgados. Ali cada oportunidade negligenciada para o serviço de Deus é registrada; e ali, igualmente, cada ato de fé e amor é mantido em eterna lembrança. -- Profetas e Reis, 639. ------------------------Capítulo 24 -- Requisitos para o serviço cristão eficiente SC 171 1 Eficiência -- Descuido e ineficiência não são piedade. Quando reconhecermos que estamos trabalhando para Deus, teremos uma intuição mais elevada da santidade do serviço espiritual, do que jamais tivemos. Essa intuição introduzirá vida e vigilância e perseverante energia no desempenho de cada dever. -- Testimonies for the Church 9:150. SC 171 2 O tempo demanda maior eficiência e mais profunda consagração. Oh! estou tão preocupada com esse assunto que clamo a Deus: "Suscita e envia mensageiros possuídos do sentimento de responsabilidade, mensageiros em cujo coração tenha sido crucificada a idolatria do próprio eu, que jaz no fundamento de todo pecado." -- Testemunhos Seletos 3:295, 296. SC 171 3 A obra comissionada aos discípulos iria requerer grande eficiência, porque a onda do mal corria profunda e forte contra eles. -- Atos dos Apóstolos, 31. SC 171 4 O cultivo da palavra -- A cultura e uso convenientes do dom da palavra relacionam-se com todos os ramos da obra cristã. [...] Devemos acostumar-nos a falar em tom agradável, usar linguagem pura e correta, e palavras amáveis e corteses. -- Parábolas de Jesus, 336. SC 171 5 Todo pregador e todo instrutor deve lembrar que está dando ao povo uma mensagem que encerra interesses eternos. A verdade anunciada julgá-lo-á no dia do grande ajuste final. E para algumas almas a maneira de alguém apresentar a mensagem determinará sua aceitação ou rejeição. Seja pois falada a verdade de modo que apele ao entendimento e impressione o coração. Seja ela pronunciada compassada, distinta e solenemente, mas com toda a sinceridade que sua importância requer. -- Parábolas de Jesus, 336. SC 171 6 Ao buscardes atrair outros para o círculo de Seu amor, que a pureza de vossa linguagem, o desinteresse de vosso serviço e o contentamento de vossa conduta sejam um testemunho ao poder de Sua graça. -- A Ciência do Bom Viver, 156. SC 171 7 Cada cristão é chamado para anunciar a outros as inescrutáveis riquezas de Cristo; por isso deve procurar perfeição no falar. Deve apresentar a Palavra de Deus de maneira tal que a recomende ao auditório. Deus não pretende que Seus porta-vozes sejam incultos. Não é Sua vontade que o homem diminua ou avilte o manancial celeste que por ele flui para o mundo. -- Parábolas de Jesus, 336. SC 172 1 Serão exercitados na paciência, na bondade, afabilidade e espírito de serviço. Exercitarão a verdadeira cortesia cristã, tendo presente que Cristo, seu companheiro, não pode aprovar palavras e sentimentos ásperos, desagradáveis. Suas palavras serão purificadas. A faculdade de falar será considerada um talento precioso, a eles emprestado para a realização de uma obra elevada e santa. -- Obreiros Evangélicos, 97. SC 172 2 O cultivo da mente -- cultura mental é o que, como povo, precisamos, e temos de ter para satisfazer as exigências do tempo. -- Obreiros Evangélicos, 280. SC 172 3 Importa que não entremos na obra do Senhor a esmo, e esperemos sucesso. O Senhor necessita de homens de entendimento, homens que pensem. Jesus chama coobreiros, não desatinados. Deus quer homens de reto pensar e inteligentes para fazer a grande obra necessária para a salvação de almas. -- Testemunhos Seletos 1:453. SC 172 4 Alguns necessitam disciplinar a mente mediante o exercício. Devem forçá-la a pensar. Enquanto dependem de outros para pensarem por eles, para resolverem suas dificuldades, e se recusam a forçar a mente a pensar, continuará sua incapacidade de lembrar, de olhar em frente e discernir. Todo indivíduo tem de fazer esforços para educar sua mente. -- Testimonies for the Church 2:188. SC 172 5 Deus não quer que nos satisfaçamos com mente preguiçosa, indisciplinada, pensamentos superficiais e memória fraca. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 506. SC 172 6 Os homens de Deus precisam ser diligentes no estudo, esforçados na aquisição de conhecimentos, nunca desperdiçando uma hora. Mediante esforços perseverantes, podem atingir quase qualquer grau de eminência como cristãos, como homens de poder e influência. -- Obreiros Evangélicos, 278. SC 172 7 Contanto que se aproveitem os momentos. [...] O tempo gasto em viagens; [...] os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais -- se se tivesse um livro à mão, e estes retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo ou meditando, que não poderia ser conseguido! -- Parábolas de Jesus, 343, 344. SC 172 8 O propósito resoluto, a aplicação persistente e cautelosa economia de tempo, habilitarão os homens para adquirirem conhecimento e disciplina mental que os qualificarão para quase qualquer posição de influência e utilidade. -- Parábolas de Jesus, 344. SC 172 9 Os homens que ocupam posições de responsabilidade devem melhorar continuamente. Cumpre não se ancorarem numa antiga experiência, e achar que não precisam tornar-se obreiros capazes. O homem, embora a mais importante criatura de Deus ao vir ao mundo, e de natureza mais perversa, é não obstante capaz de constante progresso. Pode ser esclarecido pela ciência, enobrecido pela virtude, e progredir em dignidade mental e moral até que chegue à perfeição da inteligência e a uma pureza de caráter apenas um pouco inferiores às dos anjos. -- Testemunhos Seletos 1:479. SC 173 1 Os que querem ser coobreiros de Deus devem esforçar-se para aperfeiçoar cada órgão do corpo e qualidade da mente. Verdadeira educação é o preparo das faculdades físicas, mentais e morais para a execução de todo dever; é o adestramento do corpo, mente e alma para o serviço divino. Essa é a educação que perdurará para a vida eterna. -- Parábolas de Jesus, 330. SC 173 2 Os mecânicos, advogados, comerciantes, homens de toda espécie de profissões e negócios preparam-se a fim de se assenhorearem de seu trabalho. Deveriam os seguidores de Cristo ser menos inteligentes e, enquanto professem empenhar-se em Seu serviço ser ignorantes dos meios e modos a serem empregados? O empreendimento de alcançar a vida eterna está acima de qualquer consideração terrena. Para conduzir almas a Jesus é preciso ter-se certo conhecimento da natureza humana e estudar a mente dos homens. Importa dedicarmos muita reflexão e oração fervente a fim de saber a melhor maneira de aproximar-nos de homens e mulheres no que respeita ao grande tema da verdade. -- Testemunhos Seletos 1:453. SC 173 3 Dignidade e cortesia cristãs -- A falta de verdadeira dignidade e refinamento cristãos nas fileiras dos observadores do sábado, depõe contra nós como um povo, tornando sem sabor a verdade que professamos. A obra de educar o espírito e as maneiras pode ser levada à perfeição. Se os que professam a verdade não aproveitam agora seus privilégios e oportunidades para crescer até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus, não farão honra à causa da verdade, nem honra a Cristo. -- Mensagens aos Jovens, 422. SC 173 4 Certificai-vos de manter a dignidade da obra mediante uma vida bem ordenada e uma piedosa conversação. Não temais nunca erguer demasiado alto a norma. [...] Toda rudeza e aspereza têm de ser afastadas de nós. A cortesia, a boa educação, a polidez cristã, têm de ser cultivadas. Evitai cuidadosamente ser abruptos e ásperos. Não considereis tais peculiaridades como virtudes; pois Deus não as olha como tal. Esforçai-vos por não ofender ninguém desnecessariamente. -- The Review and Herald, 25 de Novembro de 1890. SC 173 5 Há a maior necessidade de que os homens e as mulheres que têm conhecimento da vontade de Deus aprendam a se tornar obreiros bem-sucedidos em Sua causa. Devem ser pessoas polidas, de entendimento, não com o verniz exterior e o afetado sorriso dos mundanos, mas com aquele refinamento e genuína cortesia que agradam ao Céu, e que todo cristão possuirá se for participante da natureza divina. -- Mensagens aos Jovens, 422. SC 173 6 Possuímos a maior verdade e esperança jamais concedidas ao mundo, assim como a maior fé; e precisamos apresentá-las perante ele em seu exaltado caráter. Não precisamos assumir uma atitude como se passássemos pelo mundo a pedir-lhe perdão pelo fato de ousarmos acreditar nesta preciosa e sagrada verdade; mas cumpre-nos andar em humildade perante Deus, conduzir-nos como se fôssemos filhos do altíssimo Deus e, embora frágeis instrumentos, como quem trata de assuntos importantíssimos e interessantes, mais elevados e excelsos que qualquer tema temporal e mundano. -- The Review and Herald, 26 de Julho de 1887. SC 174 1 O que labuta por almas, necessita de consagração, integridade, inteligência, operosidade, energia e tato. Possuindo esses requisitos, homem algum pode ser inferior; ao contrário, possuirá dominadora influência para o bem. -- Obreiros Evangélicos, 111. SC 174 2 Devem estar na obra homens que estejam dispostos a ser ensinados quanto à melhor maneira de se aproximarem de indivíduos e famílias. Seu vestuário deve ser correto, mas não ostentoso, e suas maneiras, tais que não desagradem ao povo. Existe entre nós, como um povo, grande necessidade da verdadeira polidez. Ela deve ser cultivada por todos os que lançam mão da obra missionária. -- O Colportor Evangelista, 64, 65. SC 174 3 Sinceridade -- Não deve haver pretensão na vida dos que têm mensagens tão sagradas e solenes como as que fomos chamados a proclamar. O mundo está observando os adventistas do sétimo dia porque sabe alguma coisa da sua profissão de fé e da elevada norma que adotam; e quando vê os que não vivem à altura de sua profissão, aponta-os com escárnio. -- Testemunhos Seletos 3:292. SC 174 4 Os homens podem ter excelentes dons, boas aptidões, qualidades esplêndidas; um defeito, porém, um pecado secreto nutrido, demonstrar-se-á para o caráter o que a prancha carcomida pelo verme é para o navio -- completo desastre e ruína! -- Testemunhos Seletos 1:479. SC 174 5 Paulo levava consigo a atmosfera do Céu. Todos os que se aproximavam dele experimentavam a influência de sua união com Cristo. O fato de sua própria vida exemplificar a verdade que ele proclamava, dava um poder convincente a suas pregações. Nisto está o poder da verdade. A não estudada, inconsciente influência de uma vida santa é o mais convincente sermão que se pode pregar em favor do cristianismo. O argumento, mesmo quando irrefutável, pode não provocar senão oposição; mas um exemplo piedoso possui um poder a que é impossível resistir inteiramente. -- Obreiros Evangélicos, 59. SC 174 6 O verdadeiro caráter não se molda exteriormente; irradia do interior. Se desejamos dirigir outros na vereda da justiça, os princípios da eqüidade devem ser entronizados na própria alma. Nossa profissão de fé pode proclamar a teoria da religião, mas é a piedade que revela a palavra da verdade. A vida coerente, a santa conversação, a inabalável integridade, o espírito ativo e beneficente, o piedoso exemplo -- eis os condutos pelos quais a luz é comunicada ao mundo. -- O Desejado de Todas as Nações, 307. SC 174 7 As orações, as exortações e palestras são frutos baratos, os quais se acham freqüentemente atados à árvore; mas os frutos que se manifestam em boas obras, no cuidado pelos necessitados, pelos órfãos e as viúvas, são frutos genuínos, e crescem naturalmente numa boa árvore. -- Testimonies for the Church 2:24. SC 175 1 Ação empreendedora -- Em geral, Deus não opera milagres para fazer Sua verdade avançar. Se o pai de família negligenciar a cultura do solo, Deus não opera por certo nenhum milagre para impedir os naturais resultados. Ele age em harmonia com grandes princípios que nos são dados a conhecer, e compete-nos amadurecer planos sábios, pondo em operação os meios pelos quais Deus há de produzir resultados certos. Aqueles que não fazem esforços decididos, mas esperam simplesmente que o Espírito Santo os force à ação, perecerão em trevas. Não vos deveis deixar estar tranqüilamente, sem nada fazer na obra de Deus. -- The Southern Work, 1 de Dezembro de 1903. SC 175 2 Alguns dos que se entregam ao serviço missionário são fracos, sem energia, sem entusiasmo e facilmente desanimados. Falta-lhes estímulo. Não possuem aqueles traços positivos de caráter que dão a força para realizar alguma coisa -- o espírito e energia que iluminam o entusiasmo. Aqueles que desejam o sucesso devem ser corajosos e otimistas. Devem cultivar não só as virtudes passivas mas as ativas. -- Obreiros Evangélicos, 290. SC 175 3 O Senhor está carecendo de obreiros que levem avante os triunfos da cruz de Cristo. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1890. SC 175 4 Não deve a mensagem ser proclamada com timidez, destituída de vida, mas com clareza, positividade, e de maneira a despertar. -- Testemunhos Seletos 3:207. SC 175 5 O que necessitamos para dar a mensagem, não são oradores eloqüentes. A verdade deve ser anunciada em toda a sua incisiva severidade. Necessitam-se homens de ação -- homens que trabalhem com fervorosa e incessante energia em prol da purificação da igreja e para advertir o mundo. -- Testimonies for the Church 5:187. SC 175 6 Deus não emprega homens preguiçosos em Sua causa; Ele quer obreiros atenciosos, bondosos, afetivos e diligentes. -- Obreiros Evangélicos, 277. SC 175 7 Resolução -- Os que se empenham no serviço de Deus precisam mostrar ânimo e determinação no trabalho de ganhar almas. Lembrem-se de que há os que hão de perecer, a menos que nós, como instrumentos de Deus, trabalhemos com uma determinação que nunca falhe nem esmoreça. SC 175 8 Ele nos incumbiu da realização de uma grande tarefa. Façamo-la com exatidão e determinação. Mostremos em nossa vida o que a verdade tem feito por nós. -- Testemunhos Seletos 3:51. SC 175 9 Zelo -- O que se necessita é de fervoroso zelo cristão -- algo que se manifeste através de atos. [...] Tampouco poderia uma alma que possua a Cristo ser impedida de confessá-Lo, da mesma forma que as águas do Niágara não podem ser impedidas de precipitar-se da catarata. -- Testemunhos Seletos 1:236. SC 175 10 Todo o que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal ansiará pelo privilégio de servir a Deus. Contemplando o que o Céu fez por ele, seu coração enche-se de amor sem limites e de rendida gratidão. Está ansioso por manifestar seu reconhecimento, consagrando suas faculdades ao serviço de Deus. Suspira por mostrar amor a Cristo e aos Seus remidos. Ambiciona trabalhos, dificuldades, sacrifícios. -- A Ciência do Bom Viver, 502. SC 176 1 Existe vasto campo para as Martas, com seu zelo no culto ativo. Sentem-se elas primeiro, porém, com Maria aos pés de Jesus. Sejam a diligência, prontidão e energia santificadas pela graça de Cristo; então a vida será uma invencível força para o bem. -- O Desejado de Todas as Nações, 525. SC 176 2 Em nome do Senhor, com a incansável perseverança e o constante zelo que Cristo punha em Seus trabalhos, cumpre-nos levar avante a obra do Senhor. -- Testemunhos Seletos 3:293. SC 176 3 Precisamos quebrar a monotonia de nossa atividade religiosa. Estamos fazendo um trabalho no mundo, mas não demonstramos suficiente atividade e zelo. Se fôssemos mais zelosos, convencer-se-iam os homens da verdade da nossa mensagem. A timidez e monotonia do serviço que a Deus prestamos repele muitas pessoas da classe mais elevada, que quer ver zelo mais profundo, sincero e santificado. -- Testemunhos Seletos 3:50. SC 176 4 Paciência -- Para ser cooperador de Jesus, necessitais de toda a paciência com aqueles por quem trabalhais, não desdenhando a simplicidade da obra, mas olhando aos benditos resultados. Quando aqueles em benefício de quem trabalhais não correspondem exatamente à vossa expectativa, dizeis muitas vezes no coração: "Deixe-os ir; não são dignos da salvação." Que seria se Cristo houvesse assim tratado os pobres desamparados? Ele morreu para salvar os miseráveis pecadores, e se trabalhais com o mesmo espírito e pela mesma maneira indicada no exemplo dAquele a quem seguis, deixando com Deus os resultados, não podereis absolutamente avaliar nesta vida a soma de benefícios que realizastes. -- Testimonies for the Church 4:132. SC 176 5 Trabalhai desinteressada, afetuosa e pacientemente por todos com quem fordes postos em contato. Não manifesteis impaciência. Não profirais uma palavra indelicada. Que o amor de Cristo habite em vosso coração, a lei da bondade em vossos lábios. -- Testimonies for the Church 9:41. SC 176 6 Tato -- Aqueles que se entregam inteiramente a Deus, hão de pôr pensamentos, orações e um tato sincero e consagrado em seus labores. -- The Signs of the Times, 29 de Maio de 1893. SC 176 7 Se um homem possui tato, atividade e entusiasmo, terá êxito nos negócios temporais, e as mesmas qualidades, quando consagradas à obra de Deus, demonstrar-se-ão duplamente eficazes; pois o poder divino se aliará ao esforço humano. -- Testimonies for the Church 5:276. SC 176 8 Grande tato e sabedoria são necessários no trabalho de ganhar almas. O Salvador nunca suprimiu a verdade, mas disse-a sempre com amor. Em Suas relações com outros, exercia o máximo tato, e era sempre bondoso e cheio de cuidado. Nunca foi rude, nunca proferiu desnecessariamente uma palavra severa, não ocasionou jamais uma dor desnecessária a uma alma sensível. Não censurava a fraqueza humana. Denunciava destemidamente a hipocrisia, a incredulidade, e a iniqüidade, mas havia lágrimas em Sua voz ao proferir Suas esmagadoras repreensões. Nunca tornava a verdade cruel, porém manifestava profunda ternura pela humanidade. Toda alma era preciosa aos Seus olhos. Conduzia-Se com divina dignidade; inclinava-Se, todavia, com a mais terna compaixão e respeito para todo membro da família de Deus. Via em todos, almas a quem tinha a missão de salvar. -- Obreiros Evangélicos, 117. SC 177 1 Algumas pessoas precipitadas, impulsivas, se bem que sinceras, depois de ouvirem incisivas pregações, abordarão os que não pertencem à nossa fé de maneira demasiado abrupta, tornando assim a verdade que desejamos vê-los aceitar, repulsiva aos olhos deles. "Os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz". Lucas 16:8. Os homens de negócios e os políticos estudam cortesia. É seu método tornarem-se o mais atraentes possível. Estudam a fim de tornarem seus discursos e maneiras tais que lhes proporcionem a máxima influência sobre o espírito dos que os rodeiam. Para alcançar esse objetivo, empregam o mais habilmente possível seus conhecimentos e aptidões. -- Testemunhos Seletos 1:454. SC 177 2 Esta mensagem tem de ser dada, mas conquanto tenha de ser dada, devemos ter cuidado em não acusar, constranger e condenar os que não possuem a luz que nós possuímos. Não devemos sair de nosso caminho para fazer duras acusações aos católicos. Entre eles existem muitos que são cristãos conscienciosos, que vivem segundo a luz que lhes é proporcionada, e Deus operará em seu favor. -- Obreiros Evangélicos, 329. SC 177 3 Constância -- O verdadeiro cristão trabalha para Deus, não por impulso, mas por princípio; não por um dia ou um mês, mas por toda a vida. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 517, 518. SC 177 4 O Salvador era um obreiro incansável. Não media o trabalho por horas. Tempo, coração, energia, tudo Ele deu ao serviço em benefício da humanidade. Dias inteiros eram votados ao trabalho, e noites inteiras passadas em oração, a fim de ser fortalecido para enfrentar o astuto inimigo em todas as suas enganadoras operações, e para realizar Sua obra de reerguimento e restauração da humanidade. O homem que ama a Deus não mede o trabalho pelo sistema das oito horas. Trabalha a todas as horas, e nunca se acha fora de seu posto de dever. Sempre que se lhe ofereça oportunidade, faz o bem. Em toda parte, em todo tempo e lugar, encontra ensejo de trabalhar para Deus. Aonde quer que vá, leva consigo uma espécie de fragrância. -- Testimonies for the Church 9:45. SC 177 5 Aquele que por uma ação descuidada expõe a causa de Deus ao vexame, ou enfraquece as mãos de seus coobreiros, põe sobre o próprio caráter uma mancha que não se tira facilmente, e coloca um sério obstáculo no caminho de sua futura utilidade. -- Profetas e Reis, 659. SC 178 1 "Tomai sobre vós o Meu jugo", diz Jesus. Mateus 11:29. O jugo é um instrumento de serviço. O gado é posto ao jugo para trabalhar, e o jugo é essencial ao seu trabalho eficiente. Por essa ilustração, Cristo nos ensina que somos chamados ao serviço enquanto a vida durar. Temos de tomar sobre nós o Seu jugo, a fim de sermos coobreiros Seus. -- O Desejado de Todas as Nações, 329. SC 178 2 Simpatia e sociabilidade -- Em todos os departamentos da causa de Deus, são necessários homens e mulheres que tenham simpatia pelas dores da humanidade; tal simpatia, no entanto, é rara. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1890. SC 178 3 Necessitamos mais da simpatia natural de Cristo; não somente simpatia pelos que se nos apresentam irrepreensíveis, mas pelas pobres almas sofredoras, em luta, que são muitas vezes achadas em falta, pecando e se arrependendo, sendo tentadas e vencidas pelo desânimo. Devemos dirigir-nos a nossos semelhantes tocados -- como nosso misericordioso Sumo Sacerdote -- pelo sentimento de suas enfermidades. -- Obreiros Evangélicos, 141. SC 178 4 Perdemos muito, como povo, por falta de simpatia e sociabilidade uns com os outros. O que fala de independência e se fecha em si mesmo, não está preenchendo o lugar que lhe foi designado por Deus. Somos filhos de Deus, dependendo mutuamente uns dos outros quanto à felicidade. Impendem sobre nós os reclamos de Deus e da humanidade. Cumpre-nos a todos desempenhar nossa parte nesta vida. É o devido cultivo dos elementos sociais de nossa natureza, que nos põe em simpatia com nossos irmãos, e nos proporciona felicidade em nossos esforços por beneficiar os outros. -- Testemunhos Seletos 1:458. SC 178 5 O Salvador era convidado no banquete de um fariseu. Aceitava convites tanto de ricos como de pobres, e consoante Seu costume, vinculava com Suas lições da verdade a cena que tinha diante de Si. -- Parábolas de Jesus, 219. SC 178 6 Simplicidade -- Quando Cristo disse aos discípulos: Ide em Meu nome ajuntar na igreja a todos quantos crerem, deixou claro perante eles a necessidade de manterem simplicidade. Quanto menor a ostentação e exibicionismo, maior seria sua influência para o bem. Os discípulos deviam falar com a mesma simplicidade com que Cristo havia falado. -- Atos dos Apóstolos, 28. SC 178 7 Milhares podem ser alcançados pelo modo mais simples e modesto. Os mais intelectuais, considerados os homens e mulheres mais prendados do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas palavras simples de alguém que ama a Deus e fala desse amor tão naturalmente como os mundanos o fazem das coisas que mais profundamente lhes interessam. Freqüentemente as palavras bem preparadas e estudadas têm pouca influência. Mas a expressão verdadeira e sincera de um filho ou filha de Deus, dita em simplicidade natural, tem poder para abrir a porta do coração que durante muito tempo esteve cerrada para Cristo e Seu amor. -- Parábolas de Jesus, 232. SC 179 1 Fé -- Os obreiros de Deus necessitam ter fé nEle. O Senhor não Se esquece de seus labores. Aprecia-lhes o trabalho. Agentes divinos são designados a cooperar com aqueles que são colaboradores de Deus. Quando pensamos que Deus não faz como prometeu, e que não tem tempo para notar Seus obreiros, desonramos nosso Criador. -- The Southern Work, 2 de Agosto de 1904. SC 179 2 O obreiro de Deus precisa de uma fé robusta. As aparências podem ser adversas; mas na hora mais sombria, a luz resplandece além. As forças daqueles que, com fé, amam e servem a Deus, serão renovadas dia a dia. -- Obreiros Evangélicos, 262. SC 179 3 Há na fé genuína, firmeza e constância de princípio, e estabilidade de propósito, que nem o tempo nem fadigas podem enfraquecer. -- Parábolas de Jesus, 147. SC 179 4 Freqüentemente a vida cristã é assediada de perigos, e o dever parece difícil de cumprir-se. A imaginação desenha uma ruína iminente perante nós, e, atrás, o cativeiro ou a morte. Contudo, a voz de Deus fala claramente: "Avante!" Devemos obedecer a essa ordem mesmo que nossos olhares não possam penetrar nas trevas, e sintamos as frias vagas em redor de nossos pés. Os obstáculos que embaraçam o nosso progresso nunca desaparecerão diante de um espírito que se detém ou duvida. Aqueles que adiam a obediência até que toda a sombra da incerteza desapareça, e não fique perigo algum de fracasso ou derrota, nunca absolutamente obedecerão. A incredulidade fala ao nosso ouvido: "Esperemos até que os impedimentos sejam removidos, e possamos ver claramente nosso caminho"; mas a fé corajosamente insiste em avançar, esperando tudo, em tudo crendo. -- Patriarcas e Profetas, 290. SC 179 5 Coragem -- Uma grande obra tem de ser efetuada; planos mais vastos devem ser delineados; uma voz se deve elevar para despertar as nações. Aqueles que têm fé fraca e vacilante não são os homens talhados a levar avante a obra nesta importante crise. Necessitamos da coragem dos heróis e da fé dos mártires. -- Testimonies for the Church 5:187. SC 179 6 Quando, com fé, lançarmos mão de Sua força, Ele mudará, mudará maravilhosamente, a mais desesperançada e desanimadora das perspectivas. Ele o fará para glória de Seu nome. Deus pede aos Seus fiéis, aos que nEle crêem, que falem de ânimo aos incrédulos e desesperançados. Que o Senhor nos ajude a nos auxiliarmos mutuamente, e a prová-Lo por uma fé viva. -- Testimonies for the Church 8:12. SC 179 7 Esperança e coragem são essenciais ao perfeito serviço para Deus. Esses são frutos da fé. O desânimo é pecaminoso e irrazoável. -- Profetas e Reis, 164. SC 179 8 Coragem, energia e perseverança devem eles possuir. Embora lhes obstruam o caminho aparentes impossibilidades, devem avançar mediante Sua graça. Em lugar de deplorar as dificuldades, são chamados a elas sobreporem-se. Não se devem desesperar por coisa alguma, mas ter esperanças de tudo. Com a áurea cadeia de Seu incomparável amor, Cristo os ligou ao trono de Deus. É Seu desígnio que seja deles a mais elevada influência do Universo, provindo da Fonte de todo o poder. Eles terão poder para resistir ao mal, poder que nem a Terra, nem a morte, nem o inferno pode dominar; poder que os habilitará a vencer assim como Cristo venceu. -- Obreiros Evangélicos, 39. SC 180 1 Consagração -- Verdadeira santidade é integridade no serviço de Deus. Esta é a condição da verdadeira vida cristã. Cristo requer a entrega sem reservas, o serviço não dividido. Exige o coração, a mente, a alma e as forças. O eu não deve ser acariciado. Quem vive para si mesmo não é cristão. -- Parábolas de Jesus, 48, 49. SC 180 2 A primeira coisa a ser aprendida por todos os que desejam tornar-se coobreiros de Deus é a desconfiança de si mesmos; acham-se então preparados para lhes ser comunicado o caráter de Cristo. Esse não se adquire por meio de educação recebida nas mais competentes escolas. É unicamente fruto da sabedoria obtida do divino Mestre. -- O Desejado de Todas as Nações, 250. SC 180 3 Não é prova conclusiva de que um homem é cristão o manifestar ele êxtases espirituais sob circunstâncias extraordinárias. Santidade não é arrebatamento: é inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda a palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade de nosso Pai celestial; é confiar em Deus na provação, tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista; é apoiar-se em Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor. -- Atos dos Apóstolos, 51. SC 180 4 De todo o coração -- O povo de Deus deve distinguir-se como um povo que se dedica inteiramente, de todo o coração, ao Seu serviço, não buscando honra para si mesmo, e lembrando-se de que por um concerto soleníssimo, se comprometeram a servir ao Senhor, e a Ele somente. -- Testemunhos Seletos 3:286. SC 180 5 Homens e mulheres decididos, que se entregam de todo o coração, são os que hão de subsistir neste tempo. Cristo joeirou Seus seguidores repetidas vezes, até que afinal só ficaram onze, e algumas mulheres fiéis, para assentar as bases da igreja cristã. Existem alguns que se deixam ficar para trás quando há responsabilidades a assumir, mas quando a igreja está toda possuída de zelo, entusiasmam-se, cantam e bradam, e ficam enlevados; vigiai-os, porém. Passado o entusiasmo, apenas alguns fiéis Calebes tomarão a frente e manifestarão princípios inabaláveis. São estes o sal que conserva seu sabor. É quando a obra vai com dificuldade que as igrejas desenvolvem seus verdadeiros ajudadores. -- Testimonies for the Church 5:130. SC 180 6 Homem algum pode ser bem-sucedido no serviço de Deus, a menos que nEle ponha inteiro o coração, e repute todas as coisas por perda pela excelência do conhecimento de Cristo. Ninguém que faça qualquer reserva pode ser discípulo de Cristo, e muito menos Seu colaborador. -- O Desejado de Todas as Nações, 273. SC 180 7 Não se devem eles empenhar em especulações, nem entrar em empreendimentos comerciais com incrédulos; pois isso os estorvará de fazer a obra que Deus lhes confiou. -- Testemunhos Seletos 3:288. SC 180 8 O Redentor não aceitará um serviço dividido. O obreiro de Deus precisa aprender diariamente o que significa a entrega de si mesmo. -- Obreiros Evangélicos, 113. SC 181 1 Lealdade -- O Senhor aborrece a indiferença e deslealdade em tempo de crise em Sua obra. Todo o Universo está observando com inexprimível interesse as cenas finais da grande controvérsia entre o bem e o mal. O povo de Deus está-se aproximando do limiar do mundo eterno; que pode haver de mais importante para eles do que ser leais ao Deus do Céu? Em todos os séculos Deus tem tido heróis morais; e tem-nos agora -- os que como José, Elias e Daniel, não se envergonham de se reconhecerem como Seu povo peculiar. Suas bênçãos especiais acompanham os labores de homens de ação; homens que não se desviarão da linha reta do dever, mas que perguntarão com divina energia: "Quem é do Senhor"? (Êxodo 32:26), homens que não se deterão apenas no perguntar, mas exigirão que os que escolherem identificar-se com o povo de Deus prossigam e demonstrem sem sombra de dúvida sua obediência ao Rei dos reis e Senhor dos senhores. Tais homens subordinam sua vontade e planos à lei de Deus. Por amor a Ele, não têm a sua vida por preciosa. Seu trabalho é captar a luz da Palavra e deixá-la brilhar para o mundo em raios claros e firmes. Fidelidade a Deus é sua divisa. -- Profetas e Reis, 148. SC 181 2 Destreza -- É o dever de todo cristão adotar hábitos de ordem, perfeição e presteza. Não há desculpa para a morosidade e imperfeição em trabalho de qualquer natureza. Quando alguém está sempre trabalhando, e a tarefa nunca está concluída, é porque a mente e o coração não estão na obra. Os vagarosos, e que trabalham sem o competente preparo, deveriam reconhecer que essas são faltas para serem corrigidas. Precisam exercitar a mente em planejar como utilizar o tempo para alcançar os melhores resultados. Com tino e método, alguns conseguirão em cinco horas o mesmo trabalho que outros em dez. Muitos que são encarregados de tarefas domésticas estão sempre labutando, não porque tenham tanto para fazer, mas por não planejarem como poupar tempo. Por causa de suas maneiras morosas e lerdas fazem do pouco trabalho muito. Mas todos quantos quiserem podem vencer estes hábitos falhos e lentos. Devem ter um alvo definido em sua ocupação. Decidam quanto tempo requer certo trabalho, e então se esforcem para executá-lo no dado tempo. O exercício da força de vontade tornará as mãos mais ágeis. -- Parábolas de Jesus, 344. SC 181 3 O serviço de Cristo exige pronta obediência. -- The Southern Work, 9 de Agosto de 1904. SC 181 4 O Senhor requer de Seus servos um espírito pronto a sentir o valor das almas, pronto a discernir os deveres a cumprir, pronto a atender às obrigações que o Senhor lhes confie. -- Testimonies for the Church 9:123. SC 181 5 Diligência numa atividade apontada por Deus é uma importante parte da verdadeira religião. Os homens deviam apoderar-se das circunstâncias como sendo instrumentos de Deus com que executar a Sua vontade. Ação pronta e decisiva no tempo certo alcançará gloriosos triunfos, ao passo que demora e negligência resultam em fracasso e desonra para Deus. -- Profetas e Reis, 676. SC 182 1 Manter normas elevadas -- Muitos dos que são classificados para fazer um trabalho excelente obtêm pouco porque pouco empreendem. Muitos atravessam a vida como se não tivessem nenhum grande objetivo, nenhum ideal a atingir. Uma das razões por que tal sucede é avaliarem-se abaixo de seu valor real. Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que Lhe custamos. -- Obreiros Evangélicos, 291. SC 182 2 Através de Sua existência terrestre, Jesus foi um ativo e constante trabalhador. Esperava muito resultado e, portanto, muito empreendia. -- O Desejado de Todas as Nações, 73. SC 182 3 Os que se acham ocupados no serviço do Mestre, necessitam de uma experiência muito mais elevada, profunda e vasta do que muitos já pensaram em obter. Muitos dos que já são membros da grande família de Deus, pouco sabem do que significa contemplar Sua glória, e ser transformados de glória em glória. Muitos possuem uma vaga percepção da excelência de Cristo, e o coração vibra de alegria. Anseiam por uma compreensão mais plena e profunda do amor do Salvador. Nutram eles todo desejo da alma em busca de Deus. -- Obreiros Evangélicos, 274. SC 182 4 Tenho uma mensagem para nossos pastores, médicos, professores e todos os demais que se acham empenhados nos vários ramos do serviço do Mestre. O Senhor vos ordena que vos eleveis, que chegueis a uma norma mais santa. Necessitais de uma experiência muito mais profunda do que tendes sequer pensado em obter. Muitos dos que já fazem parte da grande família de Deus mal sabem o que significa contemplar Sua glória, e ser transformado de glória em glória. Muitos de vós tendes uma vaga percepção da excelência de Cristo, e vossa alma vibra de emoção. Anelais possuir um conhecimento mais pleno e profundo do amor do Salvador. Não vos sentis satisfeitos. Mas não desespereis. Dai a Jesus as melhores e mais santas afeições do coração. Entesourai cada raio de luz. Animai cada anseio da alma em busca de Deus. Cultivai os pensamentos espirituais e a santa comunhão. Não tendes visto senão os primeiros raios do alvorecer de Sua glória. À medida que prosseguirdes no conhecimento do Senhor, haveis de ver que Sua saída é como a alva. "A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Provérbios 4:18. Havendo-nos arrependido de nossos pecados, confessado os mesmos e obtido perdão, devemos prosseguir em aprender de Cristo, até que cheguemos ao auge de uma fé evangélica perfeita. -- Testimonies for the Church 8:318. SC 182 5 Prudência e previsão -- Enquanto Neemias implorava o auxílio de Deus, não cruzava os braços, julgando que não tinha mais nenhum cuidado ou responsabilidade quanto a seu desígnio de restaurar Jerusalém. Com admirável prudência e previsão, providenciou todos os arranjos necessários para garantir o êxito do empreendimento. Cada um de seus passos se caracterizava por grande cautela. [...] SC 182 6 O exemplo desse santo homem [Neemias], deve servir de lição a todo o povo de Deus, mostrando que não devem apenas orar com fé, mas trabalhar com diligência e fidelidade. Quantas dificuldades encontramos, quantas vezes dificultamos a operação da Providência em nosso favor, por julgarmos que a prudência, a previsão e o esforço têm pouco que ver com a religião! Isto é um erro grave. É nosso dever cultivar e exercitar toda a faculdade que nos torne obreiros mais eficientes para Deus. A consideração cuidadosa, bem como os planos bem amadurecidos, são tão essenciais ao êxito dos empreendimentos sagrados hoje, como no tempo de Neemias. -- The Southern Work, 15 de Março de 1904. SC 183 1 Como vencer o desânimo -- Os servos do Senhor podem esperar toda espécie de desânimo. Serão provados, não somente pela ira, pelo desprezo e a crueldade dos inimigos, mas também pela indolência, a incoerência, a mornidão e a traição dos amigos e auxiliares. [...] Mesmo alguns que parecem desejar que a causa de Deus prospere, hão de mesmo enfraquecer as mãos dos Seus servos, ouvindo, passando adiante e quase crendo nas calúnias, nas arrogâncias e nas ameaças de seus adversários. [...] Em meio de grandes desânimos, Neemias pôs em Deus sua confiança; aí se encontra nossa defesa também. A lembrança do que Ele tem feito por nós se demonstrará um apoio em todo o perigo. "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. E "se Deus é por nós, quem será contra nós?" Romanos 8:31. Por astutos que sejam os ardis de Satanás e seus agentes, Deus os pode descobrir, e anular todos os seus conselhos. -- The Southern Work, 19 de Abril de 1904. SC 183 2 Aqueles que, na vanguarda do conflito, são impelidos pelo Espírito Santo a fazer um trabalho especial, freqüentemente sentirão uma reação quando a pressão for removida. O desânimo pode abalar a fé mais heróica, e enfraquecer a mais firme vontade. Mas Deus compreende, e ainda Se compadece e ama. Ele lê os motivos e os propósitos do coração. Esperar pacientemente, confiar quando tudo parece escuro, eis a lição que os líderes na obra de Deus necessitam aprender. O Céu não lhes faltará no dia da adversidade. Nada está aparentemente mais ao desamparo, mas na realidade mais invencível, do que a alma que sente a sua nulidade, e confia inteiramente em Deus. -- Profetas e Reis, 174, 175. SC 183 3 Deus pede soldados que não faltem nem se desanimem; mas que aceitem o trabalho com todos os seus aspectos desagradáveis. Ele quer que todos nós tomemos Cristo por modelo. -- The Review and Herald, 17 de Julho de 1894. SC 183 4 Os que hoje ensinam verdades impopulares não se devem desanimar, se por vezes encontram, mesmo por parte dos que se dizem cristãos, recepção não mais favorável que a dispensada a Paulo e seus companheiros, por aqueles por quem trabalham. Os mensageiros da cruz devem armar-se de vigilância e oração, avançando com fé e ânimo, trabalhando sempre no nome de Jesus. -- Atos dos Apóstolos, 230. SC 184 1 Delicadeza -- O espírito que se conserva manso em face da provocação, dirá mais em favor da verdade, do que o fará qualquer argumento, por mais vigoroso que seja. -- O Desejado de Todas as Nações, 353. SC 184 2 Como o orvalho e a chuva branda caem nas ressequidas plantas, assim deixai cair suavemente as palavras quando procurais desviar os homens de seus erros. O plano de Deus é conquistar primeiro o coração. Devemos falar a verdade com amor, confiando nEle quanto ao poder para a reforma da vida. O Espírito Santo aplicará ao coração a palavra proferida com amor. -- A Ciência do Bom Viver, 157. SC 184 3 Um espírito brando, uma suave e cativante atitude, pode salvar o errado, e cobrir uma multidão de pecados. A revelação de Cristo em vosso caráter terá um poder transformador sobre todos com quem entrardes em contato. Seja Cristo diariamente manifestado em vós e Ele revelará por vosso intermédio a energia criadora de Sua palavra -- uma delicada, persuasiva e todavia poderosa influência para regenerar outras almas segundo a beleza do Senhor nosso Deus. -- Beneficência Social, 129. SC 184 4 Imparcialidade -- Enquanto viveu entre os homens, nosso Salvador participou da sorte dos pobres. Conhecia por experiência seus cuidados e asperezas, e podia confortar e animar a todos os humildes obreiros. Os que possuem verdadeira concepção dos ensinos de Sua vida, não pensarão nunca que se deva fazer distinção de classes, que os ricos devam ser honrados de preferência aos pobres dignos. -- O Desejado de Todas as Nações, 73. SC 184 5 Reconhece que despreza as almas que Cristo procura, quando se desvia dos que parecem pouco promissores e não atraentes? Justamente no momento em que se esquiva deles, podem carecer muito de sua compaixão. Em toda assembléia de culto, há almas que anseiam descanso e paz. Podem parecer como se vivessem indiferentemente, mas não são insensíveis à influência do Espírito Santo. Muitas delas podem ser ganhas para Cristo. -- Parábolas de Jesus, 191. SC 184 6 O convite evangélico não deve ser amesquinhado, e apresentado apenas a uns poucos escolhidos, que, supomos, nos farão honra caso o aceitem. A mensagem deve ser dada a todos. Onde quer que haja corações abertos para receber a verdade, Cristo está pronto a instruí-los. -- O Desejado de Todas as Nações, 194. SC 184 7 Honestidade -- fidelidade -- operosidade -- Ao se terem de confiar responsabilidades a um indivíduo, não se indague se ele é eloqüente ou rico, mas se é honesto, fiel e operoso; pois sejam quais forem suas realizações, sem estas qualidades ele se acha inteiramente inabilitado para qualquer cargo de confiança. -- Testimonies for the Church 4:413. SC 184 8 Altruísmo -- A obra de Cristo deve ser nosso exemplo. Ele andava continuamente fazendo o bem. No templo e nas sinagogas, nas ruas das cidades, nas praças e nas oficinas, na praia e na encosta dos montes, pregava o evangelho e curava os doentes. Sua vida foi de serviço desinteressado, e nos deve servir de modelo. Seu terno e compassivo amor constitui-nos uma censura ao egoísmo e falta de coração. -- Testemunhos Seletos 3:298, 299. SC 185 1 O motivo que nos dispõe ao trabalho por Deus não deve ter em si coisa alguma que lembre serviço a si próprio. Abnegada devoção e espírito de sacrifício têm sido e serão sempre o primeiro requisito do culto aceitável. Nosso Senhor e Mestre deseja que nenhum fio de egoísmo seja entretecido em Sua obra. A nossos esforços devemos acrescentar o tato e habilidade, a precisão e sabedoria que o Deus da perfeição exigiu dos construtores do santuário terrestre; contudo, em todos os nossos trabalhos devemos lembrar que os maiores talentos e os mais esplêndidos serviços são aceitáveis somente quando o eu é posto sobre o altar para consumir-se como um sacrifício vivo. -- Profetas e Reis, 65. SC 185 2 De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. -- A Ciência do Bom Viver, 157. SC 185 3 Não se afligir -- As coisas irão mal, devido a obreiros não consagrados. Podereis derramar lágrimas pelos resultados; não vos aflijais, porém. O bendito Mestre tem toda a Sua obra, de uma a outra extremidade, sob Sua sábia superintendência. Tudo quanto pede é que os obreiros vão a Ele a receber ordens, e Lhe obedeçam às instruções. Ele tem tudo no divino coração -- nossas igrejas, missões, instituições, Escolas Sabatinas. Por que afligir-se? O intenso desejo de que a igreja seja uma luz viva e resplandecente, em harmonia com o desígnio de Deus, tem de ser temperado com uma inteira confiança nEle. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1893. SC 185 4 Cultivai a tranqüilidade, e entregai a guarda de vosso coração a Deus como a um fiel Criador. Ele há de guardar aquilo que Lhe é confiado em depósito. Não Lhe agrada cobrirmos Seu altar de lágrimas e queixumes. Tendes já motivos suficientes por que louvar ao Senhor, ainda que não vejais outra alma convertida. Mas a boa obra irá avante, se, tão-somente, avançardes, e não procurardes ajustar tudo a vossas próprias idéias. Deixai que a paz de Deus reine em vosso coração, e sede agradecidos. Deixai ao Senhor margem para operar. Não Lhe obstruais o caminho. Ele pode trabalhar, e há de fazê-lo, uma vez que Lho permitamos. -- Testimonies for the Church 9:136. SC 185 5 Apresentar as credenciais divinas -- Deus pode servir-Se de cada pessoa na proporção exata em que Lhe é possível pôr o Seu Espírito no templo da alma. A obra que aceita, é aquela que Lhe reflete a imagem. Seus seguidores devem apresentar, como credenciais perante o mundo, as indeléveis características de Seus princípios imortais. -- Testemunhos Seletos 3:146. SC 185 6 O nome de Cristo devia ser a senha, a insígnia, o laço de união, a autoridade para sua norma de prosseguimento e a fonte de seu sucesso. Nada devia ser reconhecido em Seu reino que não trouxesse Seu nome e inscrição. -- Atos dos Apóstolos, 28. SC 186 1 Homens de um minuto* -- Sede fiéis homens de um minuto, para anunciar os louvores daquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. -- The Review and Herald, 24 de Janeiro de 1893. SC 186 2 Os servos de Deus devem ser homens de ação, sempre prontos para se moverem tão depressa quanto Sua providência abre o caminho. Qualquer demora de sua parte, dá tempo para Satanás agir a fim de os derrotar. -- Patriarcas e Profetas, 423. SC 186 3 O povo de Deus, observador dos mandamentos, deve estar sempre pronto para o serviço. -- Testemunhos Seletos 3:251. SC 186 4 Os que são realmente representantes de Cristo, trabalham para o bem dos outros. Deleitam-se em fazer avançar a causa de Deus, na pátria e no estrangeiro. São vistos e ouvidos na reunião de oração, e sente-se sua influência. Procuram suprir o lugar do ministro, cujos serviços não conseguem. Não procuram exaltar-se, nem receber honra por fazerem uma grande obra, mas trabalham humilde, mansa e fielmente, fazendo pequenos recados ou realizando obra maior, se necessário, porque Cristo tanto fez por eles. -- The Review and Herald, 6 de Setembro de 1881. SC 186 5 Corajoso e verdadeiro -- O que a igreja necessita nestes dias de perigo é de um exército de obreiros que, como Paulo, se tenham educado para utilidade, que tenham uma profunda experiência nas coisas de Deus, e que sejam cheios de fervor e zelo. Necessita-se de homens santificados e abnegados; homens que não se esquivem a provas e responsabilidades; homens que sejam corajosos e verdadeiros; homens em cujo coração Cristo está formado "a esperança da glória" (Colossences 1:27), e que com lábios tocados com santo fogo "preguem a Palavra". Por falta de tais obreiros a causa de Deus definha, e erros fatais, como mortal veneno, pervertem a moral e consomem as esperanças de grande parte da raça humana. -- Atos dos Apóstolos, 507. SC 186 6 Mediante trabalho intensivo, em meio de oposição, perigo, perda e sofrimento humano, deve ser levada avante a obra de salvar almas. Em certa batalha, quando um dos regimentos das forças atacantes estava sendo repelido pelas hostes inimigas, o porta-bandeira permaneceu firme em campo, enquanto as forças recuavam. O comandante gritou-lhe para trazer de volta o pavilhão, mas sua resposta foi: "Traga os homens para junto da bandeira!" Esse é o trabalho que se apresenta a todo porta-bandeira: congregar os homens em torno do estandarte. O Senhor convida à inteira consagração. Sabemos todos que o pecado de muitos professos cristãos consiste em faltar-lhes o ânimo e a energia para eles mesmos alcançarem a norma, e levar a fazer o mesmo os que se lhes acham ligados. -- Testimonies for the Church 9:45, 46. SC 187 1 Deus não pode usar homens que, em tempos de perigo, quando a força, a coragem e a influência de todos são necessárias, temem tomar uma firme posição pelo direito. Ele chama a homens para que se empenhem fielmente na batalha contra o erro, guerreando contra principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as forças espirituais da maldade nos lugares celestiais. A tais é que Ele dirigirá as palavras: "Bem está, bom e fiel servo". Mateus 25:23. -- Profetas e Reis, 142. SC 187 2 Deus chama homens como Elias, Natã e João Batista -- homens que levarão fielmente Sua mensagem sem considerar as conseqüências; que corajosamente falarão a verdade, ainda que isso importe no sacrifício de tudo que possuem. -- Profetas e Reis, 142. SC 187 3 Cuidado pastoral -- O pastor que descobre a ausência de uma ovelha, não contempla indiferentemente o rebanho que está seguro no redil, dizendo: "Tenho noventa e nove, e custar-me-á muita perturbação ir em busca da desgarrada. Ela que volte; abrir-lhe-ei a porta do redil e a deixarei entrar." Não; logo que a ovelha se transvia, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o rebanho. Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não dormita. Deixa as noventa e nove no redil, e sai em busca da ovelha desgarrada. Quanto mais escura e tempestuosa a noite, e quanto mais perigoso o caminho, tanto maior é a apreensão do pastor e tanto mais diligentemente a procura. Faz todos os esforços possíveis para encontrar a ovelha perdida. SC 187 4 Com que alívio ouve a distância o primeiro fraco balido! Seguindo o som, sobe às mais íngremes alturas, chega, com o perigo da própria vida, até à borda do precipício. Deste modo procura, enquanto o balido mais e mais fraco lhe diz que a ovelha está prestes a sucumbir. Por fim seu esforço é recompensado; achou a perdida. Não a repreende por lhe haver causado tanta fadiga; não a tange com chicote, nem tenta guiá-la para casa. Em sua alegria toma sobre os ombros a criatura trêmula; se está magoada, acolhe-a nos braços, e aperta-a de encontro ao peito para que o calor de seu próprio coração lhe comunique vida. Jubiloso porque sua diligência não foi em vão, carrega-a de volta ao redil. -- Parábolas de Jesus, 187, 188. SC 187 5 Humildade -- Ao escolher homens e mulheres para Seu serviço, Deus não indaga se possuem saber, eloqüência ou riquezas mundanas. Pergunta: "Andam eles com tanta humildade, que Eu lhes possa ensinar os Meus caminhos? Posso pôr-lhes nos lábios as Minhas palavras? Representar-Me-ão eles?" -- Testemunhos Seletos 3:145, 146. SC 187 6 Ao tentar ajudar o pobre, o desprezado, o abandonado, não trabalheis por eles no alto do pedestal de vossa dignidade e superioridade, pois por essa maneira nada conseguireis. -- Testemunhos Seletos 2:514, 515. SC 188 1 O que tornará nossas igrejas vigorosas e bem-sucedidas em seus esforços, não é a obra ruidosa, mas a que se faz quieta e humildemente; não é a ostentação e exibicionismo, mas o esforço paciente, perseverante e acompanhado de oração. -- Testimonies for the Church 5:130. SC 188 2 A humilhação da derrota demonstra-se muitas vezes uma bênção, mostrando-nos a nossa incapacidade para fazer a vontade de Deus sem o Seu auxílio. -- Patriarcas e Profetas, 633. SC 188 3 Os talentos do humilde habitante de uma choupana são necessitados no trabalho de casa em casa, e podem nesta atividade realizar mais que talentos brilhantes. -- Testemunhos Seletos 3:303. SC 188 4 Todo o Céu se acha interessado nesta obra que os mensageiros de Deus estão levando a cabo no mundo, em nome de Jesus Cristo de Nazaré. É esta uma grande obra, irmãos e irmãs, e nos devemos humilhar diariamente perante Deus, e não pensar que nossa sabedoria é perfeita. Devemos lançar mão do trabalho com fervor. Não devemos orar que o Senhor nos humilhe; pois em Ele tomando posse de nós, humilhar-nos-á de uma maneira que nos não seria agradável. Mas temos de humilhar-nos a nós mesmos dia a dia sob a potente mão de Deus. Devemos operar nossa própria salvação com temor e tremor. Se bem que seja Deus que opere em nós o querer e o realizar, segundo Sua boa vontade, cumpre-nos cooperar com Ele ao mesmo tempo em que trabalha por meio de nós. -- The Review and Herald, 12 de Julho de 1887. SC 188 5 Temos de lutar para entrar pela porta estreita. Mas esta porta não gira facilmente em seus gonzos. Não admite caracteres duvidosos. É necessário lutarmos pela vida eterna com uma intensidade proporcional ao valor do prêmio que se acha em frente de nós. Não é dinheiro, nem terras, nem posição, mas a posse de um caráter cristão, o que nos abrirá as portas do Paraíso. Não é a dignidade, não são as realizações intelectuais, que nos conquistarão a coroa da imortalidade. Unicamente os mansos e humildes que fizeram de Deus sua eficiência, hão de receber este dom. -- The Southern Work, 16 de Abril de 1903. SC 188 6 Quando voltardes de algum trabalho missionário, não deveis louvar vossos esforços e sim exaltar a Jesus; enaltecei a cruz do Calvário. -- Testemunhos Seletos 2:237. SC 188 7 Diante da honra vai a humildade. Para ocupar um elevado cargo diante dos homens, o Céu escolhe o obreiro que, como João Batista, assume posição humilde em face de Deus. O mais infantil dos discípulos é o mais eficiente no trabalho para Deus. Os seres celestes podem cooperar com aquele que busca não se exaltar a si mesmo, mas salvar almas. -- O Desejado de Todas as Nações, 436. SC 188 8 Temperança -- Quão bom seria se todo o filho de Deus tivesse a impressão da necessidade de ser moderado na comida, no vestuário, no trabalho, de modo que fizesse a melhor obra para a causa de Deus. Quando o obreiro se vê sob a pressão do trabalho e dos cuidados, e se acha sobrecarregado mental e fisicamente, deve afastar-se e descansar um pouco, não para uma satisfação egoísta, mas a fim de se preparar melhor para futuros deveres. Temos um inimigo vigilante, que se acha sempre em nosso encalço, para se aproveitar de toda fraqueza e tornar eficazes para o mal suas tentações. Quando a mente se acha esgotada e o corpo enfraquecido, ele se pode aproveitar e pressionar a alma com as mais fortes tentações, para fazer cair o filho de Deus. Que o obreiro do Senhor economize cuidadosamente suas forças; e quando cansado das tarefas que repousam sobre ele, afaste-se e descanse e comungue com Jesus. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1893. SC 189 1 O mau uso de nossas forças físicas abrevia o período de tempo em que nossa vida pode ser usada para a glória de Deus. E nos incapacita para cumprir a obra que Deus nos deu para fazer. Condescendendo com a formação de maus hábitos, recolhendo-nos tarde, satisfazendo o apetite com prejuízo da saúde, pomos os fundamentos da debilidade. Negligenciando os exercícios corporais, fatigando em excesso a mente ou o corpo, desequilibramos o sistema nervoso. Os que assim desconsiderando as leis naturais, encurtam a vida e se desqualificam para a obra, são culpados de roubo para com Deus. E também estão roubando a seus semelhantes. A oportunidade de abençoar a outros, que é justamente a obra para cuja execução Deus os enviou ao mundo, foi abreviada por seu próprio procedimento. E incapacitaram-se para fazer mesmo aquilo que poderiam ter realizado em espaço de tempo mais breve. O Senhor considera-nos culpados quando por nossos hábitos prejudiciais privamos o mundo do bem. -- Parábolas de Jesus, 346, 347. SC 189 2 Nosso Deus é sempre misericordioso, cheio de compaixão, e razoável em todos os Seus reclamos. Não requer que sigamos um procedimento que resulte em perda de nossa saúde ou no enfraquecimento das nossas faculdades mentais. Ele não quer que trabalhemos sob uma pressão, uma tensão tais que nos levem ao esgotamento e à prostração dos nervos. O Senhor nos deu raciocínio, e espera que o exerçamos, e procedamos de acordo com as leis da vida que se acham em nós, obedecendo-lhes, de modo a termos um organismo bem equilibrado. Um dia segue a outro dia, e cada um deles traz consigo suas responsabilidades e deveres, mas a obra de amanhã não se deve fazer entrar à força no dia de hoje. Os obreiros da causa de Deus devem sentir quão sagrado é o caráter da mesma, e se devem preparar para a obra do dia seguinte mediante o emprego judicioso de suas faculdades hoje. -- The Review and Herald, 7 de Novembro de 1893. SC 189 3 Repouso e reflexão -- Os discípulos de Jesus necessitavam ser ensinados como deviam trabalhar, e como descansar. Hoje em dia é necessário que os obreiros escolhidos de Deus escutem a ordem de Cristo de pôr-se à parte e descansar um pouco. Muitas vidas preciosas têm sido sacrificadas desnecessariamente por ignorância dessa ordem. [...] Conquanto grande seja a seara e poucos os obreiros, coisa alguma se ganha por sacrificar a saúde e a vida. [...] Existem muitos obreiros fracos, esgotados, que se sentem profundamente tristes ao ver quanto precisa ser feito, e quão pouco eles podem fazer. Como anelam vigor físico para efetuar mais! Mas é a essa classe que Jesus diz: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco". Marcos 6:31. [...] SC 190 1 A vida cristã não é feita de incessante atividade, nem de contínua meditação. Os cristãos precisam trabalhar fervorosamente pela salvação dos perdidos, e também precisam tomar tempo para a meditação, para a oração, e para o estudo da Palavra de Deus. Não convém estar sempre sob a tensão do trabalho e da agitação, pois assim a piedade particular é negligenciada, e prejudicadas as energias do corpo e da mente. -- The Review and Herald, 7 de Novembro de 1893. SC 190 2 Todos quantos se acham sob as instruções de Deus precisam da hora tranqüila para comunhão com o próprio coração, com a Natureza e com Deus. Neles se deve revelar uma vida não em harmonia com o mundo, seus costumes e práticas; é-lhes necessário experiência pessoal em obter o conhecimento da vontade de Deus. Devemos, individualmente, ouvi-Lo falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e, em sossego, esperamos diante dEle, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus". Salmos 46:10. Este é o preparo eficaz para todo trabalho feito para o Senhor. Entre o vaivém da multidão e a tensão das intensas atividades da vida, aquele que é assim refrigerado será circundado de uma atmosfera de luz e de paz. Receberá nova dotação de resistência física e mental. Sua vida exalará uma fragrância e revelará um poder divino que tocarão o coração dos homens. -- A Ciência do Bom Viver, 58. ------------------------Capítulo 25 -- O Espírito Santo SC 191 1 A promessa -- A nós hoje, tão certamente como aos primeiros discípulos, pertence a promessa do Espírito. Deus dotará hoje homens e mulheres com poder do alto, da mesma maneira que dotou aqueles que, no dia de Pentecoste, ouviram a palavra de salvação. Nesta mesma hora Seu Espírito e Sua graça se acham à disposição de todos quantos deles necessitam e Lhe pegarem na palavra. -- Testemunhos Seletos 3:210. SC 191 2 A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou povo. Cristo declarou que a divina influência de Seu Espírito estaria com Seus seguidores até o fim. Desde o dia do Pentecoste até ao presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente ao Senhor e a Seu serviço. -- Atos dos Apóstolos, 49. SC 191 3 Deus deseja refrigerar Seu povo mediante o dom do Espírito Santo, batizando-os novamente em Seu amor. Não é necessário que haja na igreja falta de Espírito Santo. Depois da ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos expectantes, crentes e entregues à oração, numa plenitude e poder que tocou todo coração. Futuramente a Terra há de ser iluminada pela glória de Deus. Daqueles que se acham santificados pela verdade resultará para o mundo uma influência divina. A Terra será circundada por uma atmosfera de graça. O Espírito Santo tem de operar no coração humano, tomando as coisas de Deus e revelando-as aos homens. -- The Southern Work, 5 de Setembro de 1905. SC 191 4 É certo que no tempo do fim, quando a causa de Deus na Terra estiver prestes a terminar, os sinceros esforços dos consagrados crentes sob a guia do Espírito Santo serão acompanhados por especiais manifestações de favor divino. Sob a figura das chuvas temporã e serôdia, que caem nas terras orientais ao tempo da semeadura e da colheita, os profetas hebreus predisseram a dotação de graça espiritual em medida extraordinária à igreja de Deus. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi o começo da primeira chuva, ou temporã, e glorioso foi o resultado. Até ao fim do tempo, a presença do Espírito deve ser encontrada com a verdadeira igreja. -- Atos dos Apóstolos, 54, 55. SC 191 5 O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a "chuva temporã", e glorioso foi o resultado. A chuva serôdia será mais abundante, porém. Qual é a promessa para os que vivem nos últimos dias? "Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro". Zacarias 9:12. "Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia; o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água, e erva no campo a cada um". Zacarias 10:1. -- Testemunhos Seletos 3:211. SC 192 1 A boa vontade de Deus em conceder -- O Senhor está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que O servem do que os pais a dar boas dádivas a seus filhos. -- Atos dos Apóstolos, 50. SC 192 2 Em todos os tempos e lugares, em todas as dores e aflições, quando a perspectiva se figura sombria e cheio de perplexidade o futuro, e nos sentimos desamparados e sós, o Consolador será enviado em resposta à oração da fé. As circunstâncias podem-nos separar de todos os amigos terrestres; nenhuma, porém, nem mesmo a distância, nos pode separar do celeste Consolador. Onde quer que estejamos, aonde quer que vamos, Ele Se encontra sempre à nossa direita, para apoiar, suster, erguer e animar. -- O Desejado de Todas as Nações, 669, 670. SC 192 3 Manhã após manhã, ao se ajoelharem os arautos do evangelho perante o Senhor, renovando-Lhe seus votos de consagração, Ele lhes concederá a presença de Seu Espírito, com Seu poder vivificante e santificador. Ao saírem para seus deveres diários, têm eles a certeza de que a invisível atuação do Espírito Santo os habilita a serem "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. -- Atos dos Apóstolos, 56. SC 192 4 Vivemos no tempo do poder do Espírito Santo. Ele está procurando difundir-Se mediante os instrumentos humanos, aumentando assim Sua influência no mundo. -- The Southern Work, 3 de Novembro de 1903. SC 192 5 Condições para receber o Espírito -- O Espírito Santo virá a todos quantos pedem o pão da vida para o dar aos semelhantes. -- Testimonies for the Church 6:90. SC 192 6 Ao unirmos o nosso coração ao de Cristo, e pormos a nossa vida em harmonia com a Sua obra, virá sobre nós o Espírito que caiu sobre os discípulos no dia de Pentecoste. -- Testemunhos Seletos 3:250. SC 192 7 Não é por qualquer restrição da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não afluem para os homens, neste mundo. -- Parábolas de Jesus, 419. SC 192 8 O Espírito aguarda nosso pedido e recepção. -- Parábolas de Jesus, 121. SC 192 9 Uma vez que este é o meio pelo qual havemos de receber poder, por que não sentimos fome e sede pelo dom do Espírito? Por que não falamos sobre ele, não oramos por ele e não pregamos a seu respeito? [...] SC 192 10 Se o cumprimento da promessa não é visto como poderia ser, é porque a promessa não é apreciada como devia ser. Se todos estivessem dispostos, todos seriam cheios do Espírito. [...] SC 192 11 Cada obreiro devia fazer sua petição a Deus pelo batismo diário do Espírito. Grupos de obreiros cristãos se devem reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria celestial, para que saibam como planejar e executar sabiamente. Especialmente devem eles orar para que Deus batize Seus embaixadores escolhidos nos campos missionários, com uma rica medida do Seu Espírito. -- Atos dos Apóstolos, 50, 51. SC 193 1 Ponham de parte os cristãos toda dissensão, e entreguem-se a Deus para a salvação dos perdidos. Com fé peçam a bênção prometida, e virá. -- Testemunhos Seletos 3:211. SC 193 2 Os discípulos não pediram a bênção para si mesmos. Achavam-se oprimidos ante o sentimento de sua responsabilidade pelas almas. O evangelho devia ser levado aos confins da Terra, e eles reclamaram a concessão do poder que Cristo prometera. Foi então que o Espírito Santo foi derramado, sendo convertidos milhares num dia. -- The Southern Work, 1 de Agosto de 1905. SC 193 3 Cristo prometeu o dom do Espírito Santo a Sua igreja, e a promessa nos pertence, da mesma maneira que aos primeiros discípulos. Mas, como todas as outras promessas, é dada sob condições. Muitos há que crêem e professam reclamar a promessa do Senhor; falam acerca de Cristo e acerca do Espírito Santo, e todavia não recebem benefício. Não entregam a alma para ser guiada e regida pelas forças divinas. Não podemos usar o Espírito Santo. Ele é que deve servir-Se de nós. Mediante o Espírito opera Deus em Seu povo "tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". Filipenses 2:13. Mas muitos não se submeterão a isso. Querem dirigir a si mesmos. É por isso que não recebem o celeste dom. Unicamente aos que esperam humildemente em Deus, que estão atentos à Sua guia e graça, é concedido o Espírito. O poder de Deus aguarda que o peçam e o recebam. Essa prometida bênção, reclamada pela fé, traz após si todas as outras bênçãos. É concedida segundo as riquezas da graça de Cristo, e Ele está pronto a suprir toda alma segundo sua capacidade para receber. -- O Desejado de Todas as Nações, 672. SC 193 4 O grande derramamento do Espírito de Deus, o qual ilumina a Terra toda com Sua glória, não ocorrerá sem que tenhamos um povo esclarecido, que conheça por experiência o que representa ser cooperador de Deus. Quando tivermos uma consagração completa, de todo o coração, ao serviço de Cristo, Deus reconhecerá esse fato mediante um derramamento, sem medida, de Seu Espírito; mas isso não acontecerá enquanto a maior parte dos membros da igreja não forem cooperadores de Deus. -- The Review and Herald, 21 de Julho de 1896. SC 193 5 Requisitos essenciais ao êxito -- A presença do Espírito com os obreiros de Deus dará à proclamação da verdade um poder que nem toda a honra ou glória do mundo dariam. -- Atos dos Apóstolos, 51. SC 193 6 Deus não nos pede que façamos a obra que se acha perante nós em nossas próprias forças. Ele providenciou assistência divina para todas as emergências para as quais não sejam suficientes nossos recursos humanos. Ele nos outorga o Espírito Santo para ajudar em todo o aperto, para fortalecer nossa esperança e certeza, para iluminar nossa mente e purificar nosso coração. -- The Southern Work, 1 de Agosto de 1905. SC 193 7 Depois da descida do Espírito Santo os discípulos sentiram tanto amor por Ele [Cristo], e por aqueles por quem Ele morreu, que corações se comoveram pelas palavras que falaram e pelas orações que fizeram. Falaram no poder do Espírito; e sob a influência desse poder, milhares se converteram. -- Atos dos Apóstolos, 22. SC 194 1 Não há limites à utilidade daquele que, pondo de parte o próprio eu, abre margem para a operação do Espírito Santo em seu coração, e vive uma vida inteiramente consagrada a Deus. -- The Southern Work, 1 de Agosto de 1905. SC 194 2 Qual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia de Pentecoste? -- As alegres novas de um Salvador ressuscitado foram levadas aos confins do mundo conhecido. [...] Mediante seus labores foram acrescentados à igreja homens escolhidos, os quais, recebendo a Palavra de vida, consagraram a existência à obra de levar a outros a esperança que lhes enchera o coração de paz e alegria. Centenas proclamaram a mensagem: "O reino de Deus está próximo". Marcos 1:15. Eles não podiam ser restringidos ou intimidados por ameaças. O Senhor falava por seu intermédio; e aonde quer que iam, os doentes eram curados, e aos pobres era dado ouvir o evangelho. Tão poderosamente pode Deus operar quando os homens se entregam à direção de Seu Espírito. -- The Southern Work, 1 de Agosto de 1905. SC 194 3 O Espírito Santo é o sopro da vida espiritual. A comunicação do Espírito é a transmissão da vida de Cristo. Reveste o que O recebe com os atributos de Cristo. Unicamente os que são assim ensinados por Deus, os que possuem a operação interior do Espírito, e em cuja vida se manifesta a vida de Cristo, devem-se colocar como homens representativos, para servir em favor da igreja. -- O Desejado de Todas as Nações, 805. SC 194 4 Logo ocorrerão mudanças peculiares e rápidas, e o povo de Deus será revestido do Espírito Santo, de forma que, com sabedoria celeste, enfrente as emergências desta época e neutralize ao máximo possível a influência desmoralizadora do mundo. Se a igreja não estiver dormindo, se os seguidores de Cristo vigiarem e orarem, poderão possuir entendimento para compreender e avaliar as tramas do inimigo. -- Testemunhos Seletos 3:69. SC 194 5 Promessa não apreciada -- Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até ao fim. Mas essa promessa não é devidamente apreciada; e portanto também não a vemos cumprir-se na medida em que a poderíamos ver. A promessa do Espírito é assunto em que pouco se pensa; e o resultado é o que é de esperar -- aridez, trevas, decadência e morte espirituais. Assuntos de menor importância ocupam a atenção, e o poder divino que é necessário ao desenvolvimento e prosperidade da igreja e que traria após si todas as outras bênçãos, esse falta, conquanto oferecido em sua infinita plenitude. -- Testemunhos Seletos 3:211, 212. SC 194 6 Alguns aguardam ociosamente o refrigério -- Por outro lado, há alguns que em vez de aproveitar sabiamente as oportunidades presentes, estão indolentemente esperando por alguma ocasião especial de refrigério espiritual, pelo qual suas habilidades para iluminar outros sejam grandemente aumentadas. Eles negligenciam os deveres e privilégios do presente e deixam que sua luz se apague, enquanto esperam um tempo em que, sem nenhum esforço de sua parte, sejam feitos os recipientes de bênçãos especiais, pelas quais sejam transformados e tornados aptos para o serviço. -- Atos dos Apóstolos, 54. SC 195 1 O sucessor de Cristo -- O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despojado da personalidade humana, e dela independente. Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em toda parte em pessoa. Era, portanto, do interesse deles que fosse para o Pai, e enviasse o Espírito como Seu sucessor na Terra. Ninguém poderia ter então vantagem devido a sua situação ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito, o Salvador seria acessível a todos. Nesse sentido, estaria mais perto deles do que se não subisse ao alto. -- O Desejado de Todas as Nações, 669. SC 195 2 O Espírito Santo tem atuado desde o princípio -- Desde o princípio tem Deus operado por Seu Espírito Santo, mediante agentes humanos, para a realização de Seu propósito em benefício da raça caída. Isto se manifestou na vida dos patriarcas. À igreja no deserto, no tempo de Moisés, também deu Deus Seu "bom Espírito, para os ensinar". Neemias 9:20. E nos dias dos apóstolos Ele atuou poderosamente por Sua igreja mediante a instrumentalidade do Espírito Santo. O mesmo poder que susteve os patriarcas, que a Calebe e Josué deu fé e coragem, e eficiência à obra da igreja apostólica, tem sustido os fiéis filhos de Deus nos séculos sucessivos. Foi mediante o poder do Espírito Santo que na idade escura os cristãos valdenses ajudaram a preparar o caminho para a Reforma. Foi o mesmo poder que deu êxito aos esforços de nobres homens e mulheres que abriram o caminho para o estabelecimento das modernas missões, e para a tradução da Bíblia para as línguas e dialetos de todas as nações e povos. -- Atos dos Apóstolos, 53. ------------------------Capítulo 26 -- Certeza de êxito SC 196 1 A garantia divina -- Deus fará o trabalho, se Lhe fornecermos os instrumentos. -- Testemunhos Seletos 3:341. SC 196 2 Deus aceitará o serviço prestado de todo o coração, e suprirá por Sua parte as deficiências. -- A Ciência do Bom Viver, 150. SC 196 3 Todo ato de justiça será imortalizado, embora aquele que o pratica não sinta que fez alguma coisa digna de nota. -- Testimonies for the Church 2:683. SC 196 4 Se sois verdadeiramente consagrados, Deus, por vosso intermédio, trará à verdade outros, de quem Se poderá servir como condutos para comunicar luz a muitos que tateiam nas trevas. -- Testemunhos Seletos 3:103. SC 196 5 A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser coobreiros de Deus, com ela triunfarão. -- Testemunhos Seletos 3:352, 353. SC 196 6 A todos os que se oferecem ao Senhor para serviço, sem nada reter para si, é concedido poder para atingir imensuráveis resultados. -- O Colportor Evangelista, 109. SC 196 7 Quando trabalharmos diligentemente pela salvação de nossos semelhantes, Deus fará com que nossos esforços sejam bem-sucedidos. -- Testimonies for the Church 9:86. SC 196 8 O Senhor tem em Seu grande plano um lugar para cada um. Não se concedem talentos que não sejam necessários. Ainda que o talento seja pequeno, Deus para ele tem emprego, e se o empregarmos com fidelidade, executará exatamente a obra para que o Senhor o destinou. -- Testemunhos Seletos 3:303. SC 196 9 Os mais humildes obreiros, em cooperação com Cristo, podem tocar cordas cujas vibrações ressoarão até aos extremos da Terra, e ecoarão harmoniosamente através dos séculos eternos. -- A Ciência do Bom Viver, 159. SC 196 10 O verdadeiro sucesso em cada setor de trabalho não é o resultado do acaso, ou acidente ou destino. É a operação da providência de Deus, a recompensa da fé e a prudência, da virtude e perseverança. Superiores qualidades mentais e elevado caráter moral não se adquirem por casualidade. Deus dá oportunidades; o êxito depende do uso que delas se fizer. -- Profetas e Reis, 486. SC 196 11 Aqueles que se sentem compelidos a entrar na obra, seja no campo local, seja em regiões longínquas, devem avançar em nome do Senhor. Se confiam em Deus quanto a graça e forças, hão de ser bem-sucedidos. A princípio sua obra poderá ser de menos vulto, mas se seguirem os planos do Senhor, ela se ampliará. Deus vive. Ele operará em benefício do obreiro desinteressado, abnegado, seja ele quem for, e esteja onde estiver. -- The Southern Work, 9 de Abril de 1903. SC 197 1 Cooperação dos agentes celestiais -- Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a missão dos anjos. Convém lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais. Exércitos invisíveis, de luz e poder, auxiliam os mansos e humildes que crêem nas promessas de Deus e as reclamam. Querubins, serafins e anjos magníficos em poder, estão à destra de Deus, sendo "todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". Hebreus 1:14. -- Atos dos Apóstolos, 154. SC 197 2 Lembrai-vos de que o Senhor Jesus é o Obreiro-Mestre por excelência. Ele rega a semente semeada. Põe em vossa mente palavras que toquem os corações. -- Testimonies for the Church 9:41. SC 197 3 Consagrai-vos inteiramente à obra de Deus. Ele é vossa força, e estará à vossa mão direita, ajudando-vos a levar avante Seus misericordiosos desígnios. -- O Colportor Evangelista, 109. SC 197 4 Os seres celestiais cooperarão com o agente humano que procura com fé decidida a perfeição de caráter que se manifeste na ação perfeita. A todo que se empenha nesta obra, Cristo diz: Estou ao seu lado, para o auxiliar. -- Parábolas de Jesus, 332. SC 197 5 Colaborando a vontade do homem com a de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser feito a Seu mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras. -- Parábolas de Jesus, 333. SC 197 6 Ao trabalhardes pelas almas que perecem, tendes como companheiros os anjos. Milhares de milhares, e miríades de miríades de anjos aguardam a oportunidade de cooperar com os membros de nossas igrejas para comunicar a luz que Deus generosamente concedeu, a fim de que se prepare um povo para a vinda de Cristo. -- Testemunhos Seletos 3:347, 348. SC 197 7 Nesta obra todos os anjos do Céu estão prontos a cooperar. Todos os recursos do Céu estão à disposição dos que procuram salvar os perdidos. Os anjos o auxiliarão a alcançar os mais indiferentes e empedernidos. E quando alguém é reconduzido a Deus, todo o Céu se alegra; serafins e querubins tocam suas harpas douradas, e cantam louvores a Deus e ao Cordeiro, por Seu amor e misericórdia pelos filhos dos homens. -- Parábolas de Jesus, 197. SC 197 8 Aquele que chamou os pescadores da Galiléia, chama ainda homens ao Seu serviço. E está tão disposto a manifestar por nosso intermédio o Seu poder, como por meio dos primeiros discípulos. Imperfeitos e pecadores como possamos ser, o Senhor estende-nos o oferecimento da comunhão com Ele, do aprendizado com Cristo. Convida-nos a colocar-nos sob as instruções divinas, para que, unindo-nos a Cristo, possamos realizar as obras de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 297. SC 197 9 Não pensais que Cristo dá valor aos que vivem inteiramente para Ele? Não pensais que visita os que, como o amado João, estão, por Sua causa, em lugares difíceis e probantes? Ele encontra o lugar em que se acham os Seus fiéis, e com eles mantém comunhão, animando e fortalecendo-os. E anjos de Deus, magníficos em poder, são enviados por Deus para auxiliar Seus obreiros humanos que estão contando a verdade aos que a não conhecem. -- Testemunhos Seletos 3:208. SC 198 1 Todo o Céu está em atividade, e os anjos de Deus estão à espera para cooperar com todos os que queiram idear planos por cujo meio as pessoas por quem Cristo morreu ouçam as boas novas da salvação. Os anjos que ministram aos que hão de herdar a salvação, dizem a cada verdadeiro santo: Há uma obra para fazerdes. "Ide e [...] dizei ao povo todas as palavras desta vida". Atos dos Apóstolos 5:20. Se todos a quem esta ordem é dirigida, a ela obedecessem, o Senhor diante deles prepararia o caminho, dando-lhes a posse dos recursos com que irem. -- Testemunhos Seletos 3:67. SC 198 2 Em tal tempo como este, cada filho de Deus deve estar ativamente empenhado em ajudar a outros. Quando os que têm compreensão da verdade bíblica procuram buscar a homens e mulheres que estão ansiando por luz, anjos de Deus os assistem. E aonde vão os anjos, ninguém precisa temer ir avante. Como resultado dos fiéis esforços de obreiros consagrados, muitos tornarão da idolatria para o culto do Deus vivo. Muitos cessarão de prestar homenagem a instituições de feitura humana, e se colocarão destemidamente ao lado de Deus e Sua lei. -- Profetas e Reis, 171. SC 198 3 Os principados e potestades do Céu estão observando a luta em que, sob circunstâncias aparentemente desanimadoras, os servos de Deus se acham empenhados. Novas conquistas estão sendo conseguidas, novas honras ganhas, ao saírem os cristãos arregimentados em torno da bandeira de seu Redentor, para combater o bom combate da fé. Todos os anjos celestiais estão ao serviço do humilde e crente povo de Deus; e, ao entoar o exército de obreiros do Senhor, seus cânticos de louvor aqui na Terra, o coro celestial une-se com eles no louvor a Deus e a Seu Filho. -- Atos dos Apóstolos, 154. SC 198 4 Não é o poder que procede dos homens que torna a obra bem-sucedida, mas o que provém dos seres celestes, operando por intermédio do homem, este é o que leva a obra à perfeição. Um Paulo pode plantar, e um Apolo regar, mas é Deus quem dá o crescimento. O homem não pode fazer a parte da obra que pertence a Deus. Como agente humano que é, pode cooperar com os seres celestes e, singela e humildemente, fazer o melhor que lhe seja possível, compreendendo que Deus é o grande Obreiro-Mestre. Ainda que os obreiros humanos venham a falecer, a obra não há de cessar, mas será levada a cabo. -- The Review and Herald, 14 de Novembro de 1893. SC 198 5 Os cristãos sempre tiveram no Senhor um forte ajudador. Podemos não conhecer a maneira como o Senhor ajuda; mas de uma coisa nós sabemos: Ele jamais falta aos que nEle põem a sua confiança. Se os cristãos soubessem quantas vezes o Senhor tem preparado o seu caminho, a fim de que o propósito do inimigo com respeito a eles não se realizasse, não andariam tropeçando e queixando-se. Sua fé estaria firme em Deus, e nenhuma provação teria poder para movê-los. Eles O reconheceriam como sua sabedoria e eficiência, e Ele poderia realizar aquilo que deseja operar por meio deles. -- Profetas e Reis, 576. SC 199 1 Todos os que se empenham em servir são a mão auxiliadora de Deus. São coobreiros dos anjos; ou antes, são o poder humano por meio do qual os anjos cumprem a sua missão. Os anjos falam pela sua voz e agem por suas mãos. E os obreiros humanos, cooperando com os seres celestiais, recebem o benefício da educação e experiência deles. -- Educação, 271. SC 199 2 Cristo pede a todo homem e mulher que se revista da armadura de Sua justiça, e se ponha ao trabalho. "Acho-me à tua mão direita, para ajudar-te", declara Ele. Contai todas as vossas provações e perplexidades a vosso Deus. Ele jamais trairá vossa confiança. Nada há tão precioso para Cristo, como a possessão que adquiriu por preço -- Sua igreja, os obreiros que saem a espalhar a semente da verdade. [...] Pensai em Jesus. Ele Se encontra em Seu santo lugar, não solitário, mas circundado por miríades de miríades de anjos celestes, que esperam cumprir Suas ordens. E Ele lhes ordena que vão e trabalhem em favor do mais fraco dos santos, o qual põe em Deus Sua confiança. Elevados e humildes, ricos e pobres, para todos se provê o mesmo auxílio. -- The Southern Work, 7 de Novembro de 1905. SC 199 3 Não pensar em fracassos -- Obreiros de Cristo nunca devem pensar, muito menos falar em fracasso em sua obra. O Senhor Jesus é nossa eficiência em todas as coisas; Seu Espírito tem de ser nossa inspiração; e ao nos colocarmos em Suas mãos, para ser veículos de luz, nossos meios de fazer bem nunca se esgotarão. Poderemos desfrutar de Sua plenitude, e receber daquela graça que desconhece limites. -- Obreiros Evangélicos, 19. SC 199 4 Mas se nos entregarmos completamente a Deus, e seguirmos Sua direção em nosso trabalho, Ele mesmo Se responsabilizará pelo cumprimento. Não quer que nos entreguemos a conjeturas sobre o êxito de nossos esforços honestos. Nem uma vez devemos pensar em fracasso. Devemos cooperar com Aquele que não conhece fracasso. -- Parábolas de Jesus, 363. SC 199 5 O Senhor fica decepcionado quando Seu povo se estima a si mesmo como de pouco valor. Deseja que Sua escolhida herança se avalie segundo o preço que Ele lhe deu. Deus a queria, do contrário não enviaria Seu Filho em tão dispendiosa missão de a redimir. Tem para eles uma utilidade, e agrada-Se muito quando Lhe fazem os maiores pedidos, a fim de que Lhe glorifiquem o nome. Podem esperar grandes coisas, se têm fé em Suas promessas. -- O Desejado de Todas as Nações, 668. SC 199 6 Sucesso proporcional -- Quando Deus abre o caminho para a realização de certa obra, e dá garantias de sucesso, o instrumento escolhido deve fazer tudo que estiver em seu poder para alcançar os resultados prometidos. O sucesso será proporcional ao entusiasmo e perseverança com que o trabalho é levado a cabo. -- Profetas e Reis, 263. SC 200 1 O motivo fundamental do serviço eficaz -- Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quantidade de amor com que alguém trabalha do que à porção de trabalho que realiza. -- Testemunhos Seletos 1:210. SC 200 2 Dez obreiros verdadeiramente convertidos, de boa vontade e abnegados, podem efetuar mais no campo missionário, que uma centena deles que limitem seus esforços a fórmulas estabelecidas, e que defendam regras maquinais, trabalhando sem profundo amor pelas almas. -- Testimonies for the Church 4:602. SC 200 3 Não são as capacidades que agora possuímos ou havemos de possuir, que nos darão êxito. É o que o Senhor pode fazer por nós. Deveríamos depositar muito menos confiança no que o homem é capaz de fazer, e muito mais no que Deus pode fazer para cada alma crente. Anseia Ele que Lhe estendamos as mãos pela fé. Anseia que esperemos grandes coisas dEle. Anela dar-nos sabedoria, tanto nos assuntos temporais como nos espirituais. Pode aguçar o intelecto. Pode dar tato e habilidade. Empreguemos nossos talentos na obra, peçamos a Deus sabedoria, e ser-nos-á dada. -- Parábolas de Jesus, 146. SC 200 4 O óleo da graça dá aos homens o ânimo, e supre-lhes os motivos, para fazerem cada dia a obra que Deus lhes designa. As cinco virgens loucas tinham lâmpadas (isto quer dizer o conhecimento da verdade da Escritura), mas não tinham a graça de Cristo. Dia a dia passavam por uma rotina de cerimônias e deveres formais, mas seu serviço era destituído de vida, vazio da justiça de Cristo. O Sol da Justiça não brilhava em seu coração e entendimento, e não tinham o amor da verdade que adapta à vida e ao caráter a imagem e inscrição de Cristo. O óleo da graça não era misturado com os seus esforços. Sua religião era uma casca seca, sem a amêndoa interior. Apegavam-se a formas de doutrinas, mas enganavam-se em sua vida cristã, cheia de justiça própria, deixando de aprender lições na escola de Cristo, as quais, praticadas, tê-las-iam feito sábias para a salvação. -- The Review and Herald, 27 de Março de 1894. SC 200 5 A obra de Deus tem de ser levada a termo pela cooperação de agentes divinos e humanos. Aqueles que têm demasiada confiança em si mesmos podem ser aparentemente ativos na obra de Deus; mas se não oram, essa atividade de nada aproveitará. Pudessem eles olhar para dentro do incensário do anjo que se acha junto ao altar de ouro, diante do trono circundado pelo arco-íris, e veriam que os méritos de Jesus se têm de misturar com nossas orações e esforços, do contrário eles se tornarão tão sem valor como a oferta de Caim. Pudéssemos ver toda a atividade dos instrumentos humanos, tais como ela se apresenta diante de Deus, haveríamos de ver que unicamente a obra efetuada mediante muita oração, santificada pelos méritos de Cristo, há de suportar a prova do juízo. Quando tiver lugar o grande exame, haveis de verificar e discernir a diferença que existe entre o que serve a Deus e o que O não serve. -- The Review and Herald, 4 de Julho de 1893. SC 201 1 A religião formal não atenderá às necessidades da época presente. É-nos possível praticar todos os atos externos de culto, e ainda assim estarmos destituídos da influência vivificante do Espírito Santo, como do orvalho e chuva, os montes de Gilboa. Necessitamos todos da rega espiritual, bem como dos brilhantes raios do Sol da Justiça, para nos suavizar e subjugar o coração. Devemos estar sempre firmados nos princípios, como uma rocha. Os princípios bíblicos devem ser ensinados e também apoiados por santa prática. -- Testemunhos Seletos 3:50, 51. SC 201 2 O sucesso não depende tanto de talento quanto de energia e boa vontade. Não é a posse de esplêndidos talentos que nos capacita a prestar serviço aceitável; mas a conscienciosa realização dos deveres diários, o espírito contente, o interesse sincero e sem afetação no bem-estar dos outros. Na mais humilde sorte pode ser encontrada verdadeira excelência. As tarefas mais comuns, executadas com amorável fidelidade, são belas à vista de Deus. -- Profetas e Reis, 219. SC 201 3 A estrutura simétrica de um caráter forte e belo baseia-se nos atos individuais do dever. E a fidelidade deve caracterizar nossa vida nos seus mínimos pormenores bem como nos máximos. A integridade nas pequenas coisas, a realização de pequenos atos de fidelidade e pequenas ações de bondade, alegrarão a senda da vida; e, quando terminar a nossa obra na Terra, verificar-se-á que cada um dos pequenos deveres fielmente cumpridos exerceu uma influência para o bem, influência essa que jamais poderá perecer. -- Patriarcas e Profetas, 574. SC 201 4 Deixar com Deus os resultados -- A boa semente pode por algum tempo jazer despercebida num coração frio, egoísta e mundano, sem dar demonstração de haver-se enraizado; porém mais tarde, tocando o Espírito de Deus a alma, a semente oculta brota, e finalmente, produz frutos para a glória de Deus. Não sabemos durante toda a vida qual prosperará, se esta ou aquela. Isso não é de nossa alçada. Façamos nosso trabalho e deixemos os resultados com Deus. "Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão". Eclesiastes 11:6. O grande concerto de Deus declara: "Enquanto a Terra durar, sementeira e sega [...] não cessarão". Gênesis 8:22. Confiante nesta promessa o lavrador ara e semeia. Com não menos confiança devemos labutar na sementeira espiritual, confiantes em Sua declaração: "Assim será a palavra que sair da Minha boca: ela não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei". Isaías 55:11. "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos". Salmos 126:6. -- Parábolas de Jesus, 65. ------------------------Capítulo 27 -- Recompensa do serviço SC 202 1 Inestimável -- Servir a Deus não é coisa vã. Há uma inestimável recompensa para aqueles que devotam a existência a Seu serviço. -- Testimonies for the Church 4:107. SC 202 2 Todo sacrifício, feito em Seu serviço, será recompensado segundo "as abundantes riquezas da Sua graça". Efésios 2:7. -- O Desejado de Todas as Nações, 249. SC 202 3 Nosso galardão por trabalhar com Cristo neste mundo, consiste na maior capacidade e mais amplo privilégio de colaborar com Ele no mundo por vir. -- Parábolas de Jesus, 361. SC 202 4 A base de avaliação -- O valor do serviço feito a Deus mede-se mais pelo espírito com que o prestamos, do que pela extensão do tempo gasto no mesmo. -- Testimonies for the Church 9:74. SC 202 5 Seu êxito no progresso na vida divina depende do desenvolvimento dos talentos que lhes foram emprestados. Sua futura recompensa será proporcional à integridade e ao fervor com que eles servem ao Mestre. -- The Review and Herald, 1 de Março de 1887. SC 202 6 O Senhor tem uma grande obra para realizar, e mais legará na vida futura aos que na presente serviram mais fiel e voluntariamente. -- Parábolas de Jesus, 330. SC 202 7 Os que foram à vinha à undécima hora, estavam gratos pela oportunidade de trabalhar. Seu coração estava cheio de gratidão àquele que os recebera; e quando no fim do dia o pai de família lhes pagou uma jornada completa, ficaram muito surpreendidos. Sabiam que não mereciam tal recompensa. E a bondade expressa no semblante de seu amo encheu-os de júbilo. Jamais esqueceram a benignidade do patrão nem a generosa recompensa que receberam. SC 202 8 Assim é com o pecador que, conhecendo sua indignidade, entrou na vinha do Mestre à undécima hora. Seu tempo de serviço parece tão curto, sente que não merece recompensa; porém, enche-se de alegria porque, sobretudo, Deus o aceitou. Labuta com espírito humilde e confiante, grato pelo privilégio de ser um coobreiro de Cristo. Deus Se deleita em honrar este espírito. -- Parábolas de Jesus, 397, 398. SC 202 9 Recompensa segura -- Aquele que designou a "cada um a sua obra" (Marcos 13:34), segundo suas aptidões, jamais deixará ficar sem recompensa o fiel cumprimento de um dever. Cada ato de lealdade e fé será coroado de testemunhos especiais do favor e aprovação de Deus. A todo obreiro é feita a promessa: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo seus molhos". Salmos 126:6. -- Obreiros Evangélicos, 85. SC 203 1 Por mais breve que seja o nosso serviço, ou mais humilde nossa obra, se seguirmos a Cristo com fé singela, não seremos desapontados pelo galardão. Aquilo que o maior e mais sábio não pode alcançar, o mais débil e mais humilde receberá. Os portões áureos do Céu não se abrem para os que se exaltam. Não são erguidos para os de espírito altivo. Os portais eternos abrir-se-ão ao trêmulo contato de uma criancinha. Abençoado será o galardão da graça para os que trabalharam para Deus com simplicidade de fé e amor. -- Parábolas de Jesus, 404. SC 203 2 A fronte dos que realizam esta obra cingirá a coroa do sacrifício. Mas receberão a sua recompensa. -- Testemunhos Seletos 2:575. SC 203 3 Esse pensamento deve ser para todo obreiro de Deus um estímulo e animação. Nossa obra para Deus parece muitas vezes nesta vida quase infrutífera. Nossos esforços para fazer o bem talvez sejam diligentes e perseverantes, e todavia é possível que nos não seja dado ver-lhes os resultados. Talvez o esforço se nos parece perdido. Mas o Salvador assegura-nos que nossa obra se acha registrada no Céu, e que a recompensa não pode faltar. -- Obreiros Evangélicos, 512. SC 203 4 Toda ação, toda obra de justiça e misericórdia e generosidade, produz música no Céu. O Pai, de Seu trono contempla os que as praticam, e os conta entre Seus mais preciosos tesouros. "E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro." Malaquias 3:17. Todo ato de misericórdia para com os necessitados ou os sofredores, é como se fosse feito a Jesus. Todo que socorre ao pobre, se compadece do aflito e do oprimido, ou ampara o órfão, põe-se em mais íntima relação com Jesus. -- The Review and Herald, 16 de Agosto de 1881. SC 203 5 Cristo considera todo ato de misericórdia, de beneficência e de cuidadosa consideração para com o desafortunado, o cego, o coxo, o enfermo, a viúva e o órfão, como feito a Ele mesmo; essas obras são conservadas no registro celeste, e hão de ser recompensadas. -- Testimonies for the Church 3:512, 513. SC 203 6 Uma justa recompensa -- O Senhor é bom. É misericordioso, e terno de coração. Conhece a cada um de Seus filhos. Sabe exatamente o que cada um de nós está fazendo. Sabe o justo mérito de cada um. Não quereis pôr à margem vossa lista de méritos, vossa lista de condenações, deixando que Deus faça Sua própria obra? Haveis de receber vossa coroa de glória se atentardes para a obra que Deus vos confiou. -- The Southern Work, 14 de Maio de 1903. SC 203 7 O Senhor deseja que descansemos nEle sem pensar na medida do galardão. Quando Cristo habita no coração, o pensamento de remuneração não é supremo. Essa não é a motivação do nosso serviço. -- Parábolas de Jesus, 398. SC 203 8 De cortiços, de pobres choças, de prisões, de cadafalsos, das montanhas e desertos, das cavernas da Terra e dos abismos do mar, Cristo recolherá Seus filhos. Na Terra tinham sido destituídos, afligidos e atormentados. Milhões baixaram ao túmulo carregados de infâmia, porque recusaram render-se às enganosas pretensões de Satanás. Por tribunais humanos os filhos de Deus foram condenados como os mais vis criminosos. Mas próximo está o dia em que "Deus mesmo é o juiz". Salmos 50:6. Então as sentenças dadas na Terra serão invertidas. Então "tirará o opróbrio do Seu povo de toda a Terra". Isaías 25:8. Vestes brancas dar-se-ão a todos eles. "E chamar-lhes-ão: povo santo, remidos do Senhor". Isaías 62:12. -- Parábolas de Jesus, 179, 180. SC 204 1 A recompensa presente -- Felicidade -- Aqueles que devotam a existência a um ministério semelhante ao de Cristo, conhecem o que significa a verdadeira felicidade. Seus interesses e orações estendem-se muito além de si mesmos. Eles próprios crescem à medida que procuram ajudar a outros. Familiarizam-se com os planos mais amplos, os mais admiráveis empreendimentos, e como não hão de eles crescer, se se colocam nos divinos condutos de luz e de bênção? Esses recebem sabedoria do Céu. Identificam-se mais e mais com Cristo em todos os Seus planos. Não há margem para a estagnação espiritual. -- Testimonies for the Church 9:42. SC 204 2 A igreja que se empenha com êxito nessa obra, é uma igreja feliz. O homem ou a mulher cuja alma se comove de compaixão e amor pelos que erram, e que trabalham para trazê-los ao redil do grande Pastor, ocupam-se numa bendita obra. E oh! como enleva o pensamento de que, ao ser assim resgatado um pecador, há mais alegria no Céu do que por noventa e nove justos! -- Testimonies for the Church 2:22. SC 204 3 Coisa alguma é fastidiosa para aquele que se submete à vontade de Deus. Fazê-lo "como ao Senhor" (Colossences 3:23) é um pensamento que empresta encanto a qualquer obra que Deus lhe confie. -- Testimonies for the Church 9:150. SC 204 4 O obreiro cristão não acha nenhum trabalho enfadonho, no desempenho da tarefa que lhe foi designada pelo Céu. Recebe a recompensa do seu Senhor ao ver almas libertas da servidão do pecado; e essa alegria o recompensa de todo o sacrifício. -- The Southern Work, 2 de Abril de 1903. SC 204 5 Tornar-se um obreiro, prosseguir pacientemente em fazer o bem que requer trabalho abnegado é uma obra gloriosa, a qual o Céu aprova. -- Testimonies for the Church 2:24. SC 204 6 Cristo Se deleita em tomar material de que, aparentemente, não há esperança -- aqueles que Satanás tem degradado, e por cujo intermédio tem operado -- e torná-los objeto de Sua graça. [...] Ele faz de Seus filhos instrumentos na realização desta obra, em cujo êxito, mesmo nesta vida, encontram preciosa recompensa. -- Obreiros Evangélicos, 516. SC 204 7 Bênção -- Todo esforço feito para Cristo reverterá em bênçãos para nós mesmos. -- Parábolas de Jesus, 354. SC 204 8 Todo dever cumprido, todo sacrifício feito em nome de Jesus, traz uma recompensa excelente. No próprio ato de cumprir o dever, Deus fala e dá Sua bênção. -- Testemunhos Seletos 1:485. SC 205 1 Devemos viver neste mundo para ganhar almas para o Salvador. Se ofendemos os outros, prejudicamo-nos a nós mesmos. Se os beneficiamos, somos nós mesmos beneficiados; pois a influência de toda ação boa se reflete em nosso próprio coração. -- Testemunhos Seletos 1:458. SC 205 2 Todo raio de luz espargido sobre outros, refletir-se-á em nosso próprio coração. Toda palavra bondosa e compassiva que se dirija a um aflito, toda ação praticada para aliviar um oprimido, e toda dádiva que se destina a suprir as necessidades de nossos semelhantes, dada ou feita tendo em vista a glória de Deus, resultará em bênçãos para o doador. Aqueles que assim trabalham, estão obedecendo a uma lei do Céu, e hão de receber a aprovação de Deus. -- Testimonies for the Church 4:56. SC 205 3 Conquanto a grande recompensa final seja dada na vinda de Cristo, o serviço feito de coração para Deus proporciona mesmo nesta vida uma recompensa. Obstáculos, oposição e amargo e desolador desânimo, o obreiro tem de enfrentar. Talvez ele não veja o fruto do seu labor. A despeito de tudo isso, porém, encontra em seu trabalho uma bendita recompensa. Todos quantos se entregam a Deus num serviço desinteressado pela humanidade, estão cooperando com o Senhor da glória. Este pensamento adoça toda fadiga, retempera a vontade, revigora o espírito para qualquer coisa que possa sobrevir. -- Obreiros Evangélicos, 513. SC 205 4 Saúde -- Fazer o bem é excelente remédio para a enfermidade. Aqueles que se empenham na obra são convidados a invocar ao Senhor, e Ele prometeu responder-lhes. Sua alma será saciada na seca, e regada como um jardim cujas águas não faltam. -- Testimonies for the Church 2:29. SC 205 5 Na companhia de Deus, de Cristo e dos santos anjos, são envolvidos num ambiente celeste, ambiente que traz saúde ao corpo, vigor ao intelecto e alegria à alma. -- Obreiros Evangélicos, 513. SC 205 6 O prazer de fazer bem a outros, comunica aos sentimentos um ardor que eletriza os nervos, vivifica a circulação do sangue, e produz saúde física e mental. -- Testimonies for the Church 4:56. SC 205 7 Vigor -- Impeça-se um homem forte de trabalhar, e ele se tornará fraco. A igreja ou pessoa que se exime de se ocupar com outros, que se encerra em si mesma, há de sofrer em breve um enfraquecimento espiritual. É o trabalho o que conserva o vigor ao homem. E trabalho espiritual, fadiga e responsabilidades, eis o que há de dar vigor à igreja de Cristo. -- Testimonies for the Church 2:22. SC 205 8 Paz -- No fazer bem aos outros, experimentarão [os seguidores de Deus] uma doce satisfação, uma paz interior que lhes será suficiente recompensa. Quando impelidos por elevado e nobre desejo de fazer o bem aos outros, encontrarão verdadeira felicidade num fiel desempenho dos múltiplos deveres da vida. Isso trará mais que uma recompensa terrestre; pois todo cumprimento fiel, abnegado do dever, é notado pelos anjos e se destaca no registro da vida. -- Testemunhos Seletos 1:206, 207. SC 206 1 Recompensa futura -- Vida eterna -- Mediante esforços fervorosos, solícitos, para ajudar onde houver necessidade de auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor por Deus e por seus semelhantes. Poderá perder a vida no serviço; mas quando Cristo vier buscar para Si as Suas jóias, ele a tornará a achar. -- Testimonies for the Church 9:56. SC 206 2 Graciosas boas-vindas ao lar -- Detende-vos no limiar da eternidade, e escutai as alegres boas-vindas dadas àqueles que nesta vida cooperaram com Cristo, reputando como privilégio e honra sofrer por Sua causa. [...] Aí os remidos saúdam aqueles que os conduziram ao excelso Salvador. Unem-se no louvor dAquele que morreu para que os seres humanos pudessem fruir a vida que se mede com a de Deus. A luta está terminada. Estão no fim todas as tribulações e contendas. Cânticos de vitória reboam pelos Céus inteiros, enquanto os remidos permanecem em volta do trono de Deus. Todos entoam o jubiloso coro: "Digno é o Cordeiro, que foi morto" e que nos remiu para Deus. Apocalipse 5:12. -- A Ciência do Bom Viver, 506, 507. SC 206 3 Se o relatório mostra haver sido essa a sua vida, e que seu caráter foi assinalado pela ternura, abnegação e beneficência, receberão a bendita certeza, e a bênção de Cristo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo". Mateus 25:34. -- Testemunhos Seletos 3:404. SC 206 4 Ambiente celestial -- Agora a Igreja é militante. Agora temos de enfrentar um mundo de trevas, quase inteiramente dado à idolatria. Mas está chegando o dia em que será travada a batalha e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é nos Céus. As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei dos Céus. Constituirão todos uma família feliz e unida, revestida com as vestes de louvor e ações de graças -- as vestes da justiça de Cristo. Toda a Natureza, em sua arrebatadora formosura, oferecerá a Deus um tributo de louvor e adoração. O mundo será banhado com a luz do Céu. A luz da Lua será como a luz do Sol, e a luz do Sol será sete vezes maior do que é hoje. Os anos decorrerão na alegria. Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: "Não haverá mais pecado nem morte". -- A Ciência do Bom Viver, 504, 506. SC 206 5 Alegria -- A recompensa dos obreiros de Cristo é entrar em Sua alegria. Aquela alegria, que o próprio Cristo antecipava com ansioso desejo, é apresentada em Sua petição ao Pai: "Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." João 17:24. -- Obreiros Evangélicos, 516. SC 207 1 Em nossa vida aqui, posto que terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em prol de outrem. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação -- testemunhando (e aprendendo, novamente, sempre que assim o fizermos) "as riquezas da glória deste mistério [...] que é Cristo em vós, esperança da glória". Colossences 1:27. -- Educação, 309. SC 207 2 Participam dos sofrimentos de Cristo e também participarão da glória que há de ser revelada. Unidos com Ele em Sua obra, com Ele sorvendo o cálice da amargura, são também participantes de Sua alegria. -- Beneficência Social, 13. SC 207 3 Frutos da sementeira -- Todo impulso do Espírito Santo que leva os homens à bondade e a Deus, é anotado nos livros do Céu, e no dia de Deus, a todo aquele que se houver entregue como instrumento para a obra do Espírito Santo, será concedido ver os frutos de sua vida. -- Obreiros Evangélicos, 517. SC 207 4 Quando os remidos se acharem perante Deus, responderão a seus nomes almas preciosas, que aí se encontram em virtude dos fiéis e pacientes esforços feitos em seu favor, das súplicas e do fervor com que os persuadiram a fugir para o Forte. Assim aqueles que foram neste mundo cooperadores de Deus, hão de receber sua recompensa. -- Testimonies for the Church 8:196, 197. SC 207 5 Que regozijo há de haver quando esses remidos se encontrarem com os que se preocuparam em seu favor, e os saudarem! E os que viveram, não para se agradar a si mesmos, mas para ser uma bênção para os desafortunados que tão poucas bênçãos desfrutam -- como lhes há de palpitar satisfeito o coração! Eles compreenderão a promessa: "Serás bem-aventurado; porque eles não têm que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos". Lucas 14:14. -- Obreiros Evangélicos, 519. SC 207 6 Veremos no Céu os jovens a quem ajudamos, os que convidamos para nosso lar, a quem desviamos da tentação. Veremos seus rostos refletindo o brilho da glória de Deus. -- Testemunhos Seletos 2:575. SC 207 7 Ser cooperador de Cristo e dos anjos do Céu no grande plano da salvação! Que obra se poderá a esta comparar? De cada alma salva ascende a Deus um tributo de glória, o qual se reflete sobre o salvo, e sobre aquele que serviu de instrumento em sua salvação. -- Testimonies for the Church 2:232. SC 207 8 Os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que alegres conversas hão de eles ter com essas almas! "Eu era pecador", dir-se-á, "sem Deus e sem esperança no mundo; e tu te aproximaste de mim, e atraíste minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança. E eu cri nEle. Arrependi-me de meus pecados, e foi-me dado assentar juntamente com Seus santos nos lugares celestiais em Cristo Jesus." Outros dirão: "Eu era pagão, em terras pagãs. Deixaste teu lar confortável e vieste ajudar-me a encontrar Jesus, e a crer nEle como único Deus verdadeiro. Destruí meus ídolos e adorei a Deus, e agora vejo-O face a face. Estou salvo, eternamente salvo, para ver perpetuamente Aquele a quem amo. Então eu O via apenas com os olhos da fé, mas agora vejo-O tal como Ele é. É-me dado agora exprimir Àquele que me amou, e me lavou dos pecados em Seu próprio sangue, minha gratidão por Sua redentora misericórdia." [...] SC 208 1 Outros exprimirão seu reconhecimento aos que alimentaram o faminto e vestiram o nu. "Quando o desespero acorrentava minha alma à descrença, o Senhor te enviou a mim", dizem eles, "para dizer-me palavras de esperança e conforto. Trouxeste-me alimento para as necessidades físicas, e abriste-me a Palavra de Deus, despertando-me para minhas necessidades espirituais. Trataste-me como irmão. Tiveste compaixão de mim. Simpatizaste comigo em minhas dores, e restauraste-me a alma quebrantada e ferida, de maneira que me foi possível agarrar a mão de Cristo, estendida para me salvar. Em minha ignorância, ensinaste-me pacientemente que eu tinha no Céu um Pai que de mim cuidava. Leste-me as preciosas promessas da Palavra de Deus. Inspiraste-me fé em que Ele me havia de salvar. Meu coração foi abrandado, rendido, despedaçado, ao contemplar eu o sacrifício que Cristo fizera por mim. Tive fome do pão da vida, e a verdade foi preciosa à minha alma. Aqui estou, salvo, eternamente salvo, para viver eternamente em Sua presença, e louvar Aquele que deu a vida por mim". -- Obreiros Evangélicos, 518, 519. SC 208 2 Esperar pacientemente a recompensa -- Se parece longo o tempo de espera pela vinda de nosso Libertador; se, curvados pela aflição e esgotados pela fadiga, nos sentimos impacientes por que termine nossa missão e recebamos honrosa baixa da luta, lembremo-nos -- e que essa lembrança impeça qualquer queixume -- de que Deus nos deixa enfrentar na Terra as tempestades e conflitos a fim de aperfeiçoarmos o caráter cristão, de nos relacionarmos mais intimamente com Deus, nosso Pai, e com Cristo, nosso Irmão mais velho; e fazermos obra para o Mestre, ganhando para Ele muitas almas, de modo que, com coração alegre, possamos ouvir as palavras: "Bem está, servo bom e fiel [...] entra no gozo do teu Senhor". Mateus 25:21. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. SC 208 3 Sê paciente, soldado cristão. Ainda um pouco, e Aquele que há de vir virá. A noite de fatigante esperar, de vigia e tristeza, está quase passada. Em breve será dada a recompensa; o dia eterno há de raiar. Não há tempo agora para dormir -- não há tempo para se desperdiçar em inúteis lamentos. Aquele que se arrisca a cochilar agora, perderá preciosas oportunidades de fazer bem. É-nos concedido o bendito privilégio de ajuntar molhos na grande colheita; e cada alma salva será mais uma estrela na coroa de Jesus, nosso adorável Redentor. Quem está ansioso por depor a armadura, quando, continuando um pouco mais a batalha, conquistará novas vitórias, e ganhará novos troféus para a eternidade? -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1881. ------------------------Ser Mãe -- O que é? SMO 5 1 Capítulo 1 -- Posição e responsabilidade da mãe SMO 19 1 Capítulo 2 -- Influência da mãe ------------------------Capítulo 1 -- Posição e responsabilidade da mãe Sua igualdade com o marido SMO 5 1 A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor. SMO 6 1 A esposa e mãe não deve sacrificar sua força e permitir fiquem adormecidas suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido - deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os respeitos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal magistrado da nação. A rainha do lar SMO 6 2 O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Ela tem em seu poder o modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais alta, imortal. Um anjo não desejaria missão mais elevada; pois em fazendo sua obra ela está realizando serviço para Deus. Compreenda ela tão-somente o elevado caráter de sua tarefa, e isto lhe inspirará coragem. Compreenda ela a dignidade de sua obra e tome toda a armadura de Deus, para que possa resistir à tentação de conformar-se aos padrões do mundo. Sua obra é para o tempo e a eternidade. SMO 7 1 A mãe é a rainha do lar, e os filhos são os seus súditos. Deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser excelsa; sua palavra, lei. Se é cristã sob o governo de Deus se imporá ao respeito dos filhos. SMO 7 2 Os filhos devem ser ensinados a considerar sua mãe, não como uma escrava cujo trabalho seja servi-los, mas como uma rainha que deve guiá-los e dirigi-los, ensinando-os mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Uma comparação de valores SMO 7 3 A mãe raramente aprecia sua própria obra, e frequentemente se põe tão baixo na estima de seu trabalho que o considera como servidão doméstica. Ela vive na mesma rotina dia a dia, semana a semana, com nenhum resultado especialmente marcante. Ao fim do dia não pode ela dizer quanta coisa terá realizado. Posta em contraste com as consecuções do marido, ela sente que nada fez digno de nota. SMO 8 1 O pai frequentemente chega com um ar satisfeito e orgulhosamente passa em revista o que realizou durante o dia. Suas observações mostram que ele agora espera ser servido pela mãe, pois ela não fez muito exceto cuidar dos filhos, cozer o alimento e manter a casa em ordem. Ela não fez trabalho de comerciante, não comprou nem vendeu; não fez trabalho de agricultor, no amanho do solo; não trabalhou em mecânica -- logo não pode estar cansada. Ele critica, e censura, e impõe, como se fora o senhor da criação. E isto é de tudo o mais probante para a esposa e mãe, porque ela de fato se cansou muito em seu posto de dever durante o dia, e no entanto não pode ver o que fez e está realmente descoroçoada. SMO 8 2 Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai tem estado a tratar com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. Seu trabalho é indicado por Deus SMO 9 1 Que cada mãe compreenda quão grandes são os seus deveres e suas responsabilidades e quão grande será a recompensa da fidelidade. SMO 9 2 A mãe que alegremente assume os deveres que jazem diretamente em seu caminho sentirá que a vida para si é preciosa, porque Deus lhe deu uma obra a realizar. Nesta obra ela não precisa necessariamente comprimir o espírito nem permitir que seu intelecto se debilite. SMO 9 3 O trabalho da mãe é-lhe dado por Deus, para que crie os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. O amor e temor de Deus devem estar sempre diante de seu tenro espírito. Quando corrigidos, devem ser ensinados a compreender que são admoestados por Deus, que Ele não tem prazer no engano, na mentira e nas más ações. Assim a mente dos pequenos pode estar tão associada com Deus que tudo que eles disserem e fizerem será em atenção a Sua glória; e no futuro eles não serão como uma cana ao vento, oscilando entre a inclinação e o dever. SMO 10 1 Levá-los a Jesus não é tudo quanto se requer. ... Esses filhos devem ser educados e treinados para se tornarem discípulos de Cristo, a fim de que "nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio". Esta obra de modelar, refinar e polir pertence às mães. O caráter da criança deve ser desenvolvido. A mãe deve gravar nas tábuas do coração lições perduráveis como a eternidade; e acarretará sem dúvida sobre si o desprazer do Senhor se negligenciar sua sagrada obra ou permitir que outros nela interfiram. ... A mãe cristã tem sua obra apontada por Deus, a qual não negligenciará se estiver intimamente associada com Deus e imbuída de Seu Espírito. Sua grande e nobre missão SMO 11 1 Há oportunidades de inestimável valor, interesses infinitamente preciosos, confiados a toda a mãe. A humilde rotina dos deveres que as mulheres têm vindo a considerar como uma fastidiosa tarefa, deveria ser encarada como uma obra grandiosa e nobre. É privilégio da mãe abençoar o mundo pela sua influência, e fazendo isto trará alegria ao seu próprio coração. Ela pode fazer retas veredas para os pés de seus filhos, através de claridade e sombra, em direção às alturas gloriosas do Céu. Mas, unicamente quando ela procura em sua vida seguir os ensinos de Cristo, é que a mãe pode esperar formar o caráter de seus filhos segundo o modelo divino. SMO 11 2 Em meio a todas as atividades da vida são os filhos o mais sagrado dever da mãe. Mas quantas vezes não é este dever posto de lado para que seja satisfeito algum desejo egoísta! Os pais estão encarregados dos interesses presentes e eternos de seus filhos. Devem sustentar as rédeas do governo e guiar sua casa para honra de Deus. A lei de Deus deve ser sua norma e o amor deve reger todas as coisas. Nenhuma obra é maior nem mais santa SMO 12 1 Quando homens casados vão para o trabalho, deixando suas esposas presidindo aos cuidados da casa, estas estão fazendo um serviço tão importante como o marido. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra... é uma obra sagrada e importante. O marido, lá fora, pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome ao par do dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem. SMO 12 2 A mãe é o instrumento de Deus para tornar cristã sua família. Deve ela ser o exemplo de religião bíblica, mostrando como sua influência deve controlar-nos nas atividades e prazeres da vida diária, ensinando os filhos que somente pela graça podem ser salvos, através da fé, e que isto é um dom de Deus. Este constante ensinamento do que Cristo é para nós e para eles, Seu amor, Sua bondade, Sua misericórdia, revelados no grande plano da redenção, fará sobre o coração impressão sagrada e santificada. SMO 13 1 A educação dos filhos constitui parte importante do plano de Deus para demonstrar o poder do cristianismo. Uma solene responsabilidade repousa sobre os pais de assim educar os filhos, de modo que quando saírem para o mundo, façam bem e não mal aos que com eles se associarem. Ela tem uma missão na vida SMO 13 2 Que a mulher compreenda a santidade de sua obra e, na força e temor de Deus, assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos a fim de que sejam úteis neste mundo e estejam aptos para o mundo melhor. Dirigimo-nos a mães cristãs. Apelamos a que sintam sua responsabilidade como mães e vivam não para satisfazer-se a vocês mesmas, mas para glória de Deus. Cristo não Se agradou a Si mesmo, mas tomou sobre Si a forma de servo. SMO 14 1 O mundo está repleto de influências corruptoras. A moda e os costumes exercem um forte poder sobre os jovens. Se a mãe falta em seu dever de instruir, guiar e restringir, seus filhos naturalmente aceitarão o mal, e se desviarão do bem. Que toda a mãe vá muitas vezes ao seu Salvador com a oração: "Ensina-nos, o que faremos pela criança?" Ela que atenda à instrução que Deus dá em Sua Palavra, e ser-lhe-á dada sabedoria conforme ela a necessitar. Esculpindo à semelhança da Divindade SMO 14 2 Existe um Deus em cima no Céu, e a luz e glória do Seu trono repousam sobre a fiel mãe enquanto ela se esforça por educar os filhos para resistirem à influência do mal. Nenhuma outra obra se pode comparar à sua em importância. Ela não tem, como o artista, de pintar na tela uma bela forma, nem, como o escultor, de cinzelá-la no mármore. Não tem, como o escritor, de expressar um nobre pensamento em eloquentes palavras, nem, como o músico, de exprimir em melodia um belo sentimento. Cumpre-lhe, com o auxílio divino, gravar na alma humana a imagem de Deus. SMO 15 1 A mãe que sabe apreciar isso há de considerar as oportunidades que se lhe oferecem como inestimáveis. Zelosamente há de ela procurar, em seu próprio caráter e em seus métodos de educação, apresentar aos filhos o mais elevado ideal. Com zelo, paciência e ânimo, há de ela procurar desenvolver suas aptidões, de modo que empregue devidamente as mais altas faculdades de sua inteligência na educação dos filhos. Há de inquirir com sinceridade a cada passo: "Que disse Deus?" Estudará diligentemente Sua Palavra. Conservará os olhos fixos em Cristo, a fim de que sua vida diária, no humilde curso dos cuidados e deveres, seja um verdadeiro reflexo da única Vida verdadeira. A mãe fiel inscrita no livro da fama imortal SMO 16 1 Abnegação e a cruz são nossa porção. Aceitá-las-emos? Nenhum de nós deve esperar que, quando as últimas grandes provas nos sobrevierem, desenvolvamos então, num momento, por causa de nossa necessidade, um espírito de renúncia e patriotismo. Não, absolutamente. Esse espírito tem de ser amalgamado com as nossas experiências diárias, e incutido no espírito e coração de nossos filhos, tanto por preceito como pelo exemplo. As mães de Israel podem não ser elas mesmas guerreiras, mas poderão suscitar guerreiros que hão de cingir toda a armadura e ferir varonilmente as batalhas do Senhor. SMO 16 2 Mães, em grande medida o destino de seus filhos está em suas mãos. Se falharem na função, podem levá-los para as fileiras do inimigo, tornando-os seus instrumentos na ruína das almas; mas por piedoso exemplo e fiel disciplina podem levá-los a Cristo e torná-los instrumentos em Suas mãos para a salvação de muitas almas. SMO 17 1 Seu trabalho [das mães cristãs], se feito fielmente em Deus, será imortalizado. Os cultores da moda jamais verão ou compreenderão a beleza imortal da obra da mãe cristã, e escarnecerão de suas ideias arcaicas e de suas vestimentas simples e sem adornos, enquanto a Majestade do Céu escreverá o nome dessa fiel mãe no livro da fama imortal. Seus momentos são inapreciáveis SMO 17 2 Toda a vida futura de Moisés, a grande missão que ele cumpriu como chefe de Israel, testificam da importância da obra de uma mãe cristã. Não há outro trabalho que possa igualar a este. ... Os pais deveriam dirigir a instrução e ensino de seus filhos enquanto muito pequenos, com o objetivo de poderem eles ser cristãos. São postos sob o nosso cuidado para serem ensinados, não como herdeiros do trono de um reino terrestre, mas como reis para Deus, a fim de reinarem pelos séculos intérminos. SMO 17 3 Que toda a mãe sinta serem inapreciáveis os seus momentos; sua obra será provada no dia solene do ajuste de contas. Achar-se-á então que muitos dos fracassos e crimes de homens e mulheres, resultaram da ignorância ou negligência daquelas cujo dever era guiar seus pés infantis no caminho direito. Ver-se-á então que muitos que têm abençoado o mundo com a luz do gênio, da verdade e santidade, devem os princípios que foram a mola mestra de sua influência e êxito, a uma mãe cristã, que orava. ------------------------Capítulo 2 -- Influência da mãe A influência alcança a eternidade SMO 19 1 A esfera de atividade da mãe pode ser humilde; mas sua influência, unida à do pai, é tão duradoura como a eternidade. Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra. SMO 19 2 A influência da mãe é incessante; e se essa influência está sempre do lado do direito, o caráter dos filhos testificará de seu valor e zelo moral. Seu sorriso, seu encorajamento, podem ser uma força inspiradora. Ela pode levar alegria ao coração do filho por uma palavra de amor, um sorriso de aprovação. ... SMO 20 1 Quando sua influência atua no sentido da verdade, da virtude, quando ela é guiada pela divina sabedoria, que poder para Cristo será a sua vida! Sua influência atravessará o tempo alcançando a eternidade. Que pensamento este, de que o olhar, palavras e ações da mãe produzem fruto para a eternidade, e que a salvação ou ruína de muitas almas será o resultado de sua influência! SMO 20 2 Pouco imaginam as mães que sua influência no preparo judicioso dos filhos atravessa com tal poder as vicissitudes desta vida alcançando a vida futura, imortal. Moldar o caráter segundo o Modelo celestial requer muita fé, labor fervente e perseverante; mas vale a pena, pois Deus é o recompensador de todo labor bem dirigido em assegurar a salvação das almas. Tal mãe, tais filhos SMO 20 3 Os mais ternos laços terrenos são os que há entre a mãe e seu filho. A criança é mais prontamente impressionada pela vida e exemplo da mãe que do pai, pois une-os um vínculo mais terno. SMO 21 1 Os pensamentos e sentimentos da mãe terão poderosa influência sobre o seu legado aos filhos. Se ela permite que sua mente se demore sobre seus próprios sentimentos, se tolera o egoísmo, se é irritadiça e exatora, a disposição dos filhos testificará deste fato. Assim muitos têm recebido como herança do berço tendências quase incontroláveis para o mal. O inimigo das almas compreende isto muito melhor que muitos pais. Ele procurará tentar a mãe, sabendo que se ela não resistir, poderá por intermédio dela afetar o filho. A única esperança da mãe está em Deus. Ela pode correr para Ele em busca de força e graça; e não O buscará em vão. SMO 21 2 A mãe cristã deve estar amplamente desperta para discernir os perigos que cercam seu filho. Guardará sua própria alma em atmosfera pura e santa; regulará seu temperamento e princípios pela Palavra de Deus e cumprirá fielmente seu dever, vivendo acima de mesquinhas tentações que sempre a assaltarão. A sadia influência de uma mãe paciente SMO 21 3 Muitas vezes no dia é ouvido o chamado de mãe, mãe, primeiro a voz de um pequeno perturbado, depois a de outro. Em resposta, a mãe precisa atender aqui e ali a tais reclamos. Um está em dificuldade e necessita a cabeça sábia da mãe para livrá-lo de suas perplexidades. Outro está tão feliz com alguma descoberta que deseja que a mãe a veja, supondo que ela ficará tão contente quanto ele. Uma palavra de aprovação levará alegria ao coração durante horas. Muitos raios preciosos de luz e felicidade pode a mãe derramar aqui e ali entre seus amados filhinhos. Quão intimamente pode ela atar ao coração esses queridos, de maneira que sua presença seja para eles o mais cálido lugar do mundo. SMO 22 1 Mas frequentemente a paciência da mãe é sobrecarregada com essas numerosas pequenas provas que quase não parecem dignas de atenção. Mãos traquinas e pés inquietos criam uma grande quantidade de trabalho e perplexidade para a mãe. Ela tem de segurar firme as rédeas do domínio próprio, pois do contrário sairão de seus lábios palavras de impaciência. Muitas vezes ela chega quase a perder a cabeça, mas uma oração silenciosa a seu misericordioso Redentor acalma-lhe os nervos, e ela volta a controlar-se revelando calma dignidade. Ela fala com voz calma, mas custa-lhe esforço restringir palavras ásperas e subjugar sentimentos de revolta que, se expressos, destruiriam sua influência, a qual demandaria tempo readquirir. SMO 23 1 A percepção das crianças é viva, e elas discernem o tom amorável e paciente da ordem imperiosa e impaciente que seca o orvalho do amor e afeição no coração dos filhos. A verdadeira mãe cristã não afastará de sua presença os seus filhos pela impaciência e falta de compreensivo amor. Modela mente e caráter SMO 23 2 A responsabilidade repousa especialmente sobre a mãe. Ela, de cujo sangue a criança se nutre e se forma fisicamente, comunica-lhe também influências mentais e espirituais que tendem a formar-lhe a mente e o caráter. Foi Joquebede, a mãe hebreia que, fervorosa na fé, não temeu o "mandamento do rei", a progenitora de Moisés, libertador de Israel. Foi Ana, a mulher de oração e espírito abnegado, inspirada pelo Céu, que deu à luz Samuel, a criança divinamente instruída, juiz incorruptível, fundador das escolas sagradas de Israel. Foi Isabel, a parenta e o espírito-irmão de Maria de Nazaré, que gerou o precursor do Messias. O débito do mundo para com as mães SMO 24 1 O dia de Deus revelará quanto o mundo deve a mães piedosas pelos homens que têm sido inflexíveis advogados da verdade e reforma - homens que se têm mostrado ousados no aventurar-se, que permaneceram inamovíveis em meio a provas e tentações; homens que preferiram os altos e santos interesses da verdade e a glória de Deus a honras mundanas ou à própria vida. SMO 24 2 Mães, alertem-se para o fato de que sua influência e exemplo estão afetando o caráter e o destino de seus filhos; e em vista de sua responsabilidade, desenvolvam uma mente bem equilibrada e um caráter puro, que reflitam unicamente o verdadeiro, o bom e o belo. -- (Extraído do livro O Lar Adventista) ------------------------Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultério e Divórcio TCS 7 1 Prefácio TCS 13 1 Capítulo 1 -- Fatos e princípios importantes TCS 19 2 Capítulo 2 -- Precauções e conselhos TCS 25 2 Capítulo 3 -- Individualidade TCS 31 2 Capítulo 4 -- Casamento de pessoas viúvas TCS 39 1 Capítulo 5 -- A conduta do cônjuge cristão TCS 54 1 Capítulo 6 -- Conselhos a Walter e Laura TCS 67 3 Capítulo 7 -- Admoestação à segunda sogra de Walter TCS 74 1 Capítulo 8 -- Fracasso do segundo casamento de Walter TCS 76 1 Capítulo 9 -- Separação TCS 78 4 Capítulo 10 -- Motivos para divórcio TCS 81 1 Capítulo 11 -- O pecado da licenciosidade TCS 98 4 Capítulo 12 -- Desrespeito ao sétimo mandamento TCS 103 1 Capítulo 13 -- Lidando com sugestões e pensamentos impuros TCS 109 1 Capítulo 14 -- Excessos sexuais no casamento TCS 117 1 Capítulo 15 -- Carícias e sexo pré-marital TCS 119 2 Capítulo 16 -- Homossexualidade TCS 121 2 Capítulo 17 -- Masturbação TCS 124 3 Capítulo 18 -- Abuso de crianças TCS 130 1 Capítulo 19 -- Uma dona de casa TCS 133 1 Capítulo 20 -- Um adventista antigo e sua amante TCS 145 2 Capítulo 21 -- Um obreiro de hospital TCS 147 2 Capítulo 22 -- Um superintendente de hospital TCS 155 3 Capítulo 23 -- Um possível superintendente de hospital TCS 158 1 Capítulo 24 -- Um médico TCS 163 1 Capítulo 25 -- Uma colportora TCS 166 2 Capítulo 26 -- Um evangelista público TCS 182 1 Capítulo 27 -- Um honrado pastor TCS 193 3 Capítulo 28 -- Um pastor influente TCS 199 2 Capítulo 29 -- Quatro pastores indignos TCS 206 2 Capítulo 30 -- Assistentes de Ellen White TCS 218 1 Capítulo 31 -- Respeito por casamentos contrários à orientação bíblica TCS 219 2 Capítulo 32 -- Irmão G. TCS 223 4 Capítulo 33 -- Estêvão Belden TCS 225 1 Capítulo 34 -- William E. (parte 1) TCS 228 1 Capítulo 35 -- William E. (parte 2) TCS 235 5 Capítulo 36 -- Apelo a pastores TCS 239 1 Capítulo 37 -- Conselho a um presidente da Associação Geral TCS 243 1 Capítulo 38 -- Conselhos a líderes de instituições e de missão urbana TCS 247 3 Capítulo 39 -- A pessoa em adultério e sua filiação à igreja TCS 250 1 Capítulo 40 -- Declaração de Ellen e Tiago White TCS 253 1 Capítulo 41 -- O amor de Deus pelo pecador TCS 260 4 Capítulo 42 -- Compreendendo os outros TCS 268 1 Apêndice A -- Masturbação e insanidade TCS 270 4 Apêndice B -- Um problema precoce na igreja ------------------------Prefácio TCS 7 1 Este livro foi preparado especialmente em benefício dos administradores da igreja e de outros pastores que necessitam lidar com condutas questionáveis ou imorais. TCS 7 2 Muitas das cartas contidas neste volume foram enviadas a obreiros ministeriais que erraram. Uma vez que Ellen White se correspondeu amplamente com pastores e outros obreiros evangélicos, isto não deveria constituir surpresa. Devemos ressaltar que, a despeito das faltas e pecados daqueles a quem escreveu, ela possuía grande confiança no ministério da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Com a idade de 85 anos, enviou ela duas mensagens para serem lidas na assembléia da Associação Geral de 1913. Na primeira, ela assegurou aos delegados: TCS 7 3 "Ao passo que experimento ainda a mais profunda ansiedade quanto à atitude que alguns estão assumindo para com importantes medidas relacionadas com o desenvolvimento da causa de Deus na Terra, tenho todavia vigorosa fé nos obreiros através do campo, e creio que à medida que eles se reunirem e se humilharem perante o Senhor e se consagrarem novamente a Seu serviço, serão habilitados a fazer a Sua vontade." -- Mensagens Escolhidas 2:401, 402. TCS 7 4 Em sua segunda e última mensagem à assembléia, Ellen White declarou: TCS 7 5 "Quando, durante a noite, não consigo dormir, ergo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece e dá certeza de que está com Seus servos a ministrarem no campo pátrio e nas terras distantes. Sou animada e beneficiada ao compreender que o Deus de Israel ainda guia Seu povo, e que continuará a ser com eles, até ao fim." -- Mensagens Escolhidas 2:406. TCS 8 1 Essas expressões de confiança tornam claro que os problemas morais com os quais lidavam as cartas citadas no presente volume, não eram generalizados ou difundidos. Ainda assim, considerando que os problemas morais da atualidade são similares aos que aconteciam em décadas passadas, acreditamos que muitas das cartas escritas por Ellen White há mais de um século, contêm advertências e apelos que hoje necessitam ser ouvidos. No tocante ao uso de suas cartas, Ellen White escreveu: TCS 8 2 "Estou-me esforçando, pela graça de Deus, para escrever cartas que serão um auxílio, não meramente às pessoas a quem são endereçadas, como também a muitas outras que delas necessitam." -- Carta 79, 1905. TCS 8 3 A presente compilação não se destina a servir de manual ou série de regras para lidar com a imoralidade, infidelidade ou divórcio e novo casamento que não tenham apoio nas Escrituras. Nenhum manual seria capaz de cobrir uma possível irregularidade moral. Quando foi solicitado a W. C. White que apresentasse uma declaração explícita de sua mãe, a qual pudesse servir como padrão pelo qual se analisassem todos os casos de casamento em desacordo com as Escrituras, ele respondeu: TCS 8 4 "Depois de você ler os documentos que hoje lhe enviei, você dirá: Bem, ele não apresentou nenhuma declaração taxativa da irmã White que responda diretamente a questão. Acredito, contudo, que você perceberá através dos documentos que lhe envio, que foi intenção da Sra. White que não saísse de sua pena coisa alguma que pudesse servir como lei ou regra, segundo a qual devesse ser tratada esta questão do casamento, divórcio, novo casamento e adultério. Ela sentia que os diferentes casos em que o diabo conseguira envolver as pessoas eram tão variados e sérios, que, escrevesse ela algo que pudesse ser tomado como regra para tais casos, ocorreria compreensão errônea e mau uso de seus escritos." -- W. C. White, em carta a C. P. Bollman, 6 de Janeiro de 1931. TCS 9 1 Concordamos plenamente com o ponto de vista de Ellen White. Os problemas morais são complexos. Não existem duas situações exatamente iguais. Cada uma necessita estudo cuidadoso; embora as diferenças possam ser pequenas, cada situação requer sua própria solução. O Espírito Santo sempre será necessário como divino Guia e Conselheiro para ajudar os que estão lutando com problemas morais. TCS 9 2 Todos os nomes apresentados neste livro são verdadeiros, mas nos vários casos em que problemas são citados, letras do alfabeto substituem os sobrenomes. Todos os títulos de capítulos ou seções foram providos por nós. TCS 9 3 É nossa esperança e oração que nas mãos de uma igreja sempre disposta a aprender e a verdadeiramente amar, o material que constitui esta compilação venha a contribuir para a elevação dos padrões morais da igreja, e que ao mesmo tempo ofereça conforto, encorajamento e esperança para aqueles cujos complexos problemas morais parecem situar-se além de qualquer solução humana. Depositários do Patrimônio Literário White. ------------------------Capítulo 1 -- Fatos e princípios importantes TCS 13 1 O desígnio original de Deus -- Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. "Venerado... seja o matrimônio" (Hebreus 13:4); foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão levou consigo para além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. -- Patriarcas e Profetas, 46. TCS 13 2 Aprovado por Deus hoje -- Não existe pecado inerente ao comer e beber, casar-se ou dar-se em casamento. Era legal casar nos dias de Noé, assim como o é hoje, contanto que aquilo que é legal seja conduzido de modo adequado, e não levado a excessos pecaminosos. -- The Review and Herald, 25 de Setembro de 1888. TCS 14 1 Em relação ao casamento, eu diria: Leiam a Palavra de Deus. Mesmo neste tempo, os últimos dias da história do mundo, o casamento ocorre entre os adventistas do sétimo dia. ... TCS 14 2 Como povo, jamais proibimos o casamento, exceto nos casos em que existiam razões óbvias para crer que ele levaria à infelicidade de ambas as partes. Mesmo assim, apenas orientamos e aconselhamos. -- Carta 60, 1900. TCS 14 3 Preparação para o céu -- Lembrem-se de que o lar da Terra deve ser o símbolo e o preparo para o do Céu. -- A Ciência do Bom Viver, 363. TCS 14 4 Deus deseja que o lar seja o lugar mais feliz da Terra, o próprio símbolo do lar celestial. Assumindo as responsabilidades do casamento no lar, unindo seus interesses com Jesus Cristo, descansando em Seus braços e Suas promessas, marido e mulher podem desfrutar felicidade nesta união que os anjos de Deus louvam. -- O Lar Adventista, 102. TCS 14 5 União vitalícia -- O casamento, união vitalícia, é símbolo da união entre Cristo e Sua igreja. -- Testemunhos para a Igreja 7:46. TCS 14 6 Na mente juvenil, o casamento se acha revestido de romance, e difícil é despojá-lo desse aspecto com que a imaginação o envolve, e impressionar a mente com o senso das pesadas responsabilidades compreendidas nos votos matrimoniais. Esses votos ligam os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar. TCS 14 7 Cada compromisso matrimonial deve ser cuidadosamente considerado, pois o casamento é um passo que se dá por toda a vida. Tanto o homem como a mulher devem considerar cuidadosamente se podem viver um ao lado do outro através de todas as dificuldades da vida enquanto ambos viverem. -- O Lar Adventista, 340. TCS 15 1 De um elevado ponto de vista -- Aqueles que professam ser cristãos não devem ingressar na relação matrimonial antes que o assunto tenha, com oração, sido cuidadosamente considerado de um elevado ponto de vista, para ver se Deus pode ser glorificado pela união. Devem então os pretendentes considerar devidamente os resultados de cada privilégio da relação matrimonial, e o princípio santificado deve ser a base de todas as ações. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1899. TCS 15 2 Estudem cuidadosamente para ver se sua vida matrimonial há de ser feliz, ou desarmoniosa e infeliz. Façam as perguntas: Esta união me ajudará na escalada para o Céu? Aumentará meu amor a Deus? E aumentará minha esfera de utilidade nesta vida? Se estas reflexões não apresentarem nada em contrário, então prossigam, no temor de Deus. -- Fundamentos da Educação Cristã, 104, 105. TCS 15 3 Tudo em nome do Senhor Jesus -- Aquele que está a ponto de desposar uma moça, deve parar para considerar com franqueza por que está dando tal passo. Será a esposa a sua ajudadora, sua companheira, sua igual, ou a tratará ele de tal forma que ela não consiga fazer coisa alguma para a glória de Deus? Ele se aventurará a dar rédeas soltas a suas paixões, vendo até que ponto é capaz de sobrecarregar a esposa sem extinguir-lhe a vida, ou considerará ele o significado das palavras: "Tudo que fizerem, em palavras ou ações, façam-no em nome do Senhor Jesus"? -- Manuscrito 152, 1899. TCS 15 4 Necessidade de cuidadoso preparo -- Antes de assumir as responsabilidades que o casamento envolve, devem os jovens ter na vida prática uma experiência que os prepare para os deveres e encargos do mesmo. Casamentos precoces não convêm. Relação tão importante como seja a do casamento, e tão vasta em seus resultados, não deve ser assumida precipitadamente, sem suficiente preparo, e antes de se acharem bem desenvolvidas as faculdades mentais e físicas. -- A Ciência do Bom Viver, 358. TCS 16 1 Querida Emma, não há pessoa que eu poderia abrigar tão ternamente em meu coração quanto você. Ainda assim eu a aconselho... a... agir cautelosamente, a ponderar cada passo. Você está tomando decisões que perdurarão. Portanto, não se precipite. Não se deixe envolver inteiramente por este único assunto, o casamento. -- Carta 7, 1869. TCS 16 2 Consulta a Deus -- As palavras de Cristo devem ser sempre mantidas na mente: "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. ... Casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca... quando veio o dilúvio e os levou a todos." Mateus 24:37-39. Hoje observamos a mesma obsessão no tocante ao casamento. Jovens, e mesmo homens e mulheres, que devem ser sábios e possuir discernimento, agem no tocante a esta questão como que enfeitiçados. Parece que um poder satânico se apodera deles. O assunto todo-absorvente é o namoro e o casamento. São constituídos casamentos os mais imprudentes. Deus não é consultado. Sentimentos, desejos e paixões humanos fazem desaparecer tudo o mais diante deles, até que a sorte esteja lançada. Indescritível miséria é o resultado de tal estado de coisas, e Deus é desonrado. O leito conjugal não é santificado ou santo. Porventura não ocorrerá uma decidida mudança no tocante a este importante assunto? -- Carta 84, 1888. TCS 17 1 Unicamente com crentes -- A esposa de Ló foi mulher egoísta, irreligiosa, e sua influência exerceu-se no sentido de separar de Abraão o seu marido. Se não fosse por causa dela, Ló não teria permanecido em Sodoma, privado do conselho do patriarca sábio e temente a Deus. A influência de sua esposa e as relações entretidas naquela ímpia cidade, tê-lo-iam levado a apostatar de Deus, não fora a instrução fiel que cedo recebera de Abraão. O casamento de Ló e sua escolha de Sodoma como residência foram os primeiros elos em uma cadeia de acontecimentos repletos de males para o mundo durante muitas gerações. TCS 17 2 Pessoa alguma que tema a Deus, pode, sem perigo, ligar-se a outra que O não tema. "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. A felicidade e prosperidade da relação matrimonial dependem da unidade dos cônjuges; mas entre o crente e o incrédulo há uma diferença radical de gostos, inclinações e propósitos. Estão a servir dois senhores, entre os quais não pode haver acordo. Por mais puros e corretos que sejam os princípios de um, a influência de um companheiro ou companheira incrédula terá uma tendência para afastar de Deus. ... Mas o casamento de cristãos com ímpios é proibido na Bíblia. A instrução do Senhor é: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis." 2 Coríntios 6:14. -- Patriarcas e Profetas, 174, 175. TCS 17 3 Que não sejam formados laços não santificados entre os filhos de Deus e os amigos do mundo. Que não haja casamentos entre crentes e descrentes. Tome o povo de Deus uma firme posição em favor da verdade e da justiça. -- The Review and Herald, 31 de Julho de 1894. TCS 17 4 Grande cuidado deve ser tomado pelos jovens cristãos na formação de amizades e na escolha de companheiros. Estejam atentos, para não ocorrer que aquilo que agora vocês pensam ser ouro puro venha a revelar-se metal barato. Associações mundanas tendem a colocar obstruções no caminho do serviço a Deus, e muitos são prejudicados por causa de uniões infelizes, tanto comerciais quanto conjugais, com aqueles que jamais serão capazes de elevar ou enobrecer alguém. O povo de Deus jamais deve aventurar-se em terreno proibido. O casamento entre crentes e descrentes é proibido por Deus. Com muita freqüência, entretanto, os corações não convertidos seguem os próprios desejos, formando-se casamentos não sancionados por Deus. Em virtude disto, muitos homens e mulheres se encontram sem "esperança e sem Deus no mundo". Efésios 2:12. Suas nobres aspirações estão mortas; por meio de uma cadeia de circunstâncias, encontram-se presos na rede de Satanás. -- The Review and Herald, 1° de Fevereiro de 1906. TCS 18 1 Os reclamos de Deus em primeiro lugar -- Mesmo que o companheiro de sua escolha fosse em todos os outros aspectos digno (o que, porém, ele não é), no entanto, ele não aceitou a verdade para este tempo; é um descrente, e você está proibida pelo Céu de unir-se a ele. Você não pode, sem perigo para sua alma, desconsiderar esta ordem divina. ... Unir-se a um descrente é colocar-se no terreno de Satanás. Você entristece o Espírito de Deus e perde Sua proteção. Será capaz de suportar tão terríveis desvantagens ao travar a luta pela vida eterna? TCS 18 2 Talvez você diga: "Mas dei minha palavra, deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se você fez uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrate-se sem demora, e em humildade perante Deus arrependa-se da imprudência que a levou a assumir tão precipitadamente um compromisso. É muito melhor desistir de tal promessa, no temor de Deus, do que mantê-la e deste modo desonrar a seu Criador. -- Testemunhos para a Igreja 5:364, 365. TCS 18 3 Em Sua Palavra o Senhor instruiu claramente Seu povo a não se unir com aqueles que não andam em Seu amor e temor. Tais companhias dificilmente se sentirão satisfeitas com o amor e respeito que seriam seu direito. Estarão constantemente procurando obter do marido ou da esposa temente a Deus, algum favor que envolverá desconsideração pelos requisitos divinos. Para um homem cristão, e para a igreja à qual ele pertence, uma esposa ou amiga mundana assemelha-se a um espia no acampamento, que estará espreitando toda e qualquer oportunidade para trair o servo de Cristo e expô-lo aos ataques do inimigo. TCS 19 1 Satanás está procurando constantemente fortalecer o seu poder sobre o povo de Deus, ao induzi-lo a entrar em aliança com aqueles que pertencem ao exército das trevas. -- Signs of the Times, 6 de Outubro de 1881. ------------------------Capítulo 2 -- Precauções e conselhos TCS 19 2 Uma menina noiva -- Pobre menina! Casou quando não passava de uma criança, necessitando de cuidados maternos. Este foi um acontecimento infeliz. Ela era ainda uma garotinha. Sua saúde era débil e seu marido se mostrou severo e arbitrário. Esta criança era muito jovem para servir de companheira a alguém. Ele não a respeitava como tal. Ela não passava de uma criança. Ele a dominava como um tirano. Agora estão separados, ela odiando-o intensamente, e ele sem amor por ela. -- Manuscrito 4, 1873. TCS 19 3 Longos noivados não são prudentes -- Lamentos que você tenha se envolvido em namorar Nellie. Em primeiro lugar, sua ansiedade no tocante a esta questão é prematura. Saudável discernimento e discrição fariam você esperar um ou dois anos. Mas o fato de você escolher alguém para estar em sua mente e dominar suas afeições por um tempo tão extenso, não seria prudente, quer para você mesmo, quer para a pessoa a quem você devotasse seus sentimentos. TCS 19 4 Afeições prematuras -- No tocante a este assunto, falo do que sei: A melhor conduta para você e Nellie é desistir inteiramente deste relacionamento, pois nada de bom poderá advir dele. Ao prosseguir dedicando a ela as suas atenções, você se incapacitará para os seus deveres no escritório e estará colocando obstáculos em seu caminho para uma educação aprimorada, e para o estabelecimento de bons hábitos do corpo e da mente. Até mesmo vincular prematuramente as suas afeições, estará sendo uma injustiça para você e para qualquer moça. ... TCS 20 1 Foram-me mostrados os males destes compromissos precoces, especialmente quando o rapaz está distante do teto paterno e necessita escolher sua companheira sem o olhar perspicaz de sua mãe. Não é seguro que você confie no próprio discernimento. Ansiedade precoce no tocante ao namoro e casamento fará desviar a sua mente dos estudos e do trabalho, e ainda exercerá sobre você e a pessoa com quem namora, uma influência desmoralizadora. Vocês dois manifestarão maneiras "avançadas", uma certa obsessão atingirá a ambos, e acabarão se tornando tão cegos no tocante à influência e exemplo que exercem se prosseguirem na conduta que adotaram, que ficarão expostos a críticas e tornarão justificável a censura pelo seu procedimento. TCS 20 2 Tal namoro e casamento são os mais difíceis de serem tratados, pois a mente se torna desnorteada e encantada, a ponto de os deveres para com Deus e com todas as demais coisas passarem a ser tediosos e desinteressantes; o raciocínio calmo e amadurecido é a última coisa a ser posta em prática no tocante a um assunto de tão elevada importância. Querido jovem, falo a você como alguém que sabe das coisas. Espere até que chegue a obter conhecimento adequado de si mesmo e do mundo, e acerca da posição e do caráter das moças, antes de permitir que o assunto do casamento domine totalmente os seus pensamentos. TCS 20 3 Após a lua-de-mel -- Eu poderia citar-lhe muitos que agora estão lamentando sua extrema tolice e falta de juízo no tocante ao casamento, mas de nada lhes servirão tais lamentações. Acabaram expondo-se a tentações das quais jamais haviam suspeitado; descobriram nas pessoas que se tornaram objeto de sua escolha, traços de caráter acima dos quais não são capazes de elevá-las, e desta forma aceitam o inevitável e descem ao nível delas. Nellie jamais elevará você. Ela não possui interiormente aquelas habilidades ocultas que, desenvolvidas, dão à mulher discernimento e aptidão para estar ao seu lado e ajudá-lo nas batalhas da vida. Falta a ela força de caráter. Ela não possui a profundidade de pensamento e orientação mental que podem auxiliá-lo. Você está vendo apenas a superfície, e isso é tudo. Com um pouquinho mais de tempo, se vocês casarem, o encanto se desfará. A novidade da vida de casados cessará, você passará a ver as coisas sob sua luz real, e então se aperceberá de haver cometido um triste engano. TCS 21 1 Necessidade de juízo maduro -- A maturidade de juízo lhe proverá discernimento muito melhor e a capacidade de percepção para conhecer a verdade. Seu caráter precisa formar-se, sua capacidade de julgar precisa fortalecer-se, antes que possa entreter pensamentos acerca do casamento. Agora vocês não estão preparados para julgar um ao outro e não serem traídos cometendo uma lamentável indiscrição, senão um crime, em relação ao qual o mais amargo arrependimento e lágrimas futuras não trarão alívio. A criança, a mera jovenzinha escolar indisciplinada e imatura, dependente da orientação dos pais e tutores, não tem motivo para ouvir coisa alguma relacionada com namoro e casamento. Deve ela rejeitar todas as atenções que tenham a mais leve probabilidade de conduzir a tais resultados, devotando-se decididamente a tornar-se uma mulher tão perfeita quanto possível, de modo que sua vida possa ser útil e ela aprenda uma profissão que lhe permita obter emprego e tornar-se independente. TCS 21 2 Base intelectual do genuíno amor -- O amor é um sentimento tão sagrado, que apenas poucos lhe conhecem o significado. É um termo bastante usado, mas não compreendido. O caloroso ardor do impulso, a fascinação de um jovem pelo outro, não é amor; não merece tal nome. O verdadeiro amor possui uma base intelectual, um profundo e amplo conhecimento do objeto amado. Mas apossar-se desse objeto e dedicar-lhe as atenções e afeições, não é racional, é desprovido de discernimento, é excessivo, temporário e sensual. TCS 22 1 Lembre-se de que o amor impulsivo é completamente cego. Tanto é depositado sobre coisas indignas como dignas. Controle esse amor para mantê-lo calmo e tranqüilo. Dê lugar ao pensamento genuíno e à profunda e sincera reflexão. É este objeto de sua afeição, na escala de inteligência e excelência moral, em conduta e boas maneiras, de tal natureza que sentirá orgulho ao apresentá-la à sua família, e ao reconhecê-la perante a sociedade como o objeto de sua escolha, alguém cuja companhia, capacidade de comunicação e maneiras interessarão e satisfarão as suas mais amplas expectativas? Porventura será Nellie capaz de preencher estes requisitos? Respondo decididamente: Não, ela não será! TCS 22 2 Importância dos antecedentes familiares -- Permita que o tempo lhe ensine a discrição e quais são os genuínos reclamos do amor, antes que isto avance um centímetro mais. Ruína, espantosa ruína, é o que se encontra diante de você para esta vida e para a próxima, se prosseguir na conduta atual. Analise a história familiar. Duas famílias deverão ser trazidas a uma íntima e sagrada ligação. Claro que não se deve esperar perfeição em todos esses relacionamentos, mas você estará dando um passo muito cruel ao casar-se com uma jovem cujos ancestrais e parentes degradariam e mortificariam você, ou tentariam você a menosprezá-los e ignorá-los. TCS 22 3 Conselhos dos pais e amigos íntimos -- É seguro não apressar-se nestes assuntos. Dê tempo suficiente a si mesmo para observá-la em cada ponto. E então não confie na própria decisão. Permita que sua mãe que o ama, seu pai e amigos íntimos façam observações críticas àquela que você se inclina a preferir. Não confie no próprio discernimento. Não se case com alguém que, você sabe, não será uma honra para seus pais, e sim com alguém que tenha inteligência e dignidade moral. A moça que entrega suas afeições a um homem e atrai suas atenções através de insinuações, exibindo-se por toda a parte para ser notada por ele, a menos que ele se mostre rude, não é a moça com quem você deve associar-se. Sua conversa é vulgar e freqüentemente superficial. TCS 23 1 Preferível não casar-se a constituir uma união equivocada -- Nellie não estaria tão preparada através de boas maneiras e conhecimento útil para casar-se aos vinte e cinco anos de idade, quanto algumas jovens aos dezoito anos. De modo geral, porém, os homens de sua idade possuem um conhecimento muito limitado do caráter, e não fazem idéia de quão tolo pode um homem tornar-se ao se apaixonar por uma garota que de forma alguma é adequada para ele. Será muito melhor nunca se casar do que estar casado e infeliz. Busque conselho de Deus em todas estas coisas. Seja tão calmo e tão submisso à vontade de Deus, de modo que você não seja afetado por uma excitação febril, e assim desqualificado para Seu serviço por causa de seus laços afetivos. -- Carta 59, 1880. TCS 23 2 Necessidade de temperamentos semelhantes -- Soube que você está pensando em casar-se com uma irmã chamada Anna Hale. Isto me despertou para dizer-lhe coisas que me foram mostradas. Sua estrutura não possui aquele refinamento, capaz de tornar feliz uma mulher de natureza tão fina e sensível. De modo algum é plano de Deus que temperamentos como o seu e o dela se unam. Você possui grandes proporções de natureza sensual. Você tem fortes paixões sensuais, as quais não têm sido controladas como deveriam. As faculdades mentais mais nobres e elevadas têm sido servas das paixões inferiores. Você tem fracassado em permitir-se ser santificado pela verdade que professa; tem falhado em tornar-se um participante da "natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo". 2 Pedro 1:4. TCS 24 1 Anna Hale não é uma pessoa capaz de suportar as asperezas da vida. É uma flor frágil e em breve feneceria e morreria se exposta a temporais e negligência. Em seu casamento anterior, você não compreendeu os desejos de uma mulher. Você não foi sensível a seu delicado organismo. Você falhou, falhou grandemente, com sua primeira esposa. Ela possuía uma constituição vigorosa, raramente igualada em termos de capacidade de resistência, mas foi-lhe exigido demais. A ansiedade que você demonstra por adquirir [coisas], levou ambos à sobrecarga e os engolfou nos cuidados desta vida; foram negligenciados o presente conforto e felicidade, pois você fixou os olhos no futuro, quando teria mais dos bens deste mundo, quando se tornaria capaz de pensar mais nos confortos da vida. TCS 24 2 Você incorreu em sério erro. A vida de sua esposa foi sacrificada. Ela poderia haver sobrevivido. Ela deveria ter vivido. Mas você conhecia tão pouco do organismo feminino, que falhou em cuidar dela e negligenciou os preparativos que deveria haver providenciado para dar-lhe conforto. Em altíssimo grau, você possui o temperamento de seu pai. TCS 24 3 Quando procurar uma esposa, não o faça entre as de natureza delicada e refinada, onde predominam os dotes intelectuais. Selecione uma companheira entre a classe de pessoas mais de acordo com a sua estrutura. Você não será capaz de tornar feliz uma pessoa de espírito refinado. -- Carta 21, 1868. TCS 24 4 Fidelidade no lar paterno -- É pela fidelidade para com o dever na casa paterna que os jovens devem preparar-se para os próprios lares. Pratiquem eles aqui a abnegação, e manifestem bondade, cortesia e simpatia cristã. Desse modo o amor será mantido cálido em seu coração, e aquele que sai de um lar assim, para se colocar como chefe da própria família, saberá como promover a felicidade daquela que escolheu para companheira de toda a vida. O casamento, em vez de ser o fim do amor, será tão-somente o seu início. -- Patriarcas e Profetas, 176. TCS 25 1 Eu lhe suplico, sim, advirto-o em nome de meu Mestre, não se envolva com a relação matrimonial nem assuma sobre si as responsabilidades e obrigações dos votos do casamento sem antes mudar seu coração e sua vida. Quando for capaz de tornar feliz o próprio lar, sendo uma bênção para seu pai e mãe, para seus irmãos e irmãs, então você será capaz de compreender os deveres envolvidos na relação matrimonial. -- Manuscrito 2, 1871. ------------------------Capítulo 3 -- Individualidade TCS 25 2 Individualidade da esposa -- A mulher que se submeter a ser sempre dirigida, mesmo nos menores assuntos da vida doméstica, que abrir mão da própria identidade, jamais será de grande utilidade ou bênção para o mundo, e não corresponderá ao propósito que Deus tem para a sua existência. Sendo meramente uma máquina, é dirigida pela vontade e mente de outra pessoa. Deus deu a cada um, homem e mulher, uma identidade, uma individualidade, pois precisam agir por si mesmos no temor de Deus. -- Carta 25, 1885. TCS 25 3 Esposo e esposa -- identidades separadas -- Foi-me mostrado que, embora duas pessoas se casem, façam um ao outro os mais solenes votos à vista dos Céus e dos santos anjos, e se tornem uma só carne, ainda assim cada um possui identidade separada, que o concerto matrimonial não pode destruir. Embora unidos um ao outro, cada um possui uma influência a exercer no mundo, e nenhum deveria absorver-se tão egoistamente com o outro, a ponto de fechar-se para a sociedade e sepultar sua utilidade e influência. -- Carta 9, 1864. TCS 25 4 Esposa passiva -- Julgue a mulher que é prerrogativa do marido ter inteiro domínio sobre seu corpo, e moldar-lhe o espírito de modo a ajustar-se ao dele em todos os sentidos, para seguir a mesma direção que o seu, e renuncia a sua individualidade; ela perde a identidade, imergindo na do marido. É uma simples máquina para ele dirigir a sua vontade, uma criatura do seu prazer. Ele pensa por ela, decide por ela, por ela age. Ela desonra a Deus em ocupar essa posição passiva. Cabe-lhe diante de Deus uma responsabilidade que é seu dever conservar. TCS 26 1 Quando a mulher sujeita o corpo e a mente ao domínio do marido, sendo passiva diante da vontade dele em tudo, sacrificando sua consciência, dignidade e mesmo personalidade, perde a oportunidade de exercer aquela poderosa influência que deveria possuir para o bem, a fim de elevar o marido. -- Testemunhos para a Igreja 2:476. TCS 26 2 Amor a Cristo, amor um pelo outro -- Nem o marido nem a esposa devem imergir sua individualidade na do outro. Cada qual tem uma relação pessoal para com Deus; e a Ele cada um deve perguntar: "O que é certo?" "O que é errado?" "Como posso cumprir melhor o propósito para minha vida?" Que a abundância de seu afeto flua para Aquele que deu a vida por vocês. Façam com que Cristo seja o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Ao aprofundar-se e fortalecer-se o amor de vocês por Ele, o amor de um para com o outro será purificado e fortalecido. TCS 26 3 O espírito manifestado por Cristo em relação a nós é o espírito que marido e esposa devem manifestar um para com o outro. "Como também Cristo vos amou", "andai em amor." "Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a seus maridos. Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela." Efésios 5:2, 24, 25. TCS 26 4 Nenhum controle arbitrário -- Nem o marido nem a esposa devem tentar exercer controle arbitrário um sobre o outro. Não tentem impor um ao outro os seus desejos. Não é possível fazer isso e ao mesmo tempo reter o amor mútuo. Sejam bondosos, pacientes, longânimos, corteses e cheios de consideração mútua. Pela graça de Deus vocês podem ter êxito em tornar feliz um ao outro, como prometeram no voto matrimonial. -- A Ciência do Bom Viver, 361. TCS 27 1 Foi-me então mostrada sua nora. Ela é amada de Deus, mas mantém-se em servil cativeiro, tremendo, temendo, desalentada, duvidando e muito nervosa. Esta irmã não deve sentir que precisa render sua vontade a um jovem sem Deus, com menos idade do que ela. Ela deve lembrar que seu casamento não destrói sua individualidade. Deus tem sobre ela direitos mais altos que quaisquer direitos terrenos. Cristo comprou-a com o Seu sangue. Ela não pertence a si mesma. Ela deixa de pôr sua inteira confiança em Deus e aceita render suas convicções, sua consciência, a um homem opressor, tirânico, animado por Satanás sempre que sua satânica majestade possa atuar com eficácia por seu intermédio para intimidar este coração esquivo e tremente. Tantas vezes tem ela sido posta em agitação que seu sistema nervoso está destroçado e ela não é mais que uma ruína. TCS 27 2 É a vontade do Senhor que esta irmã esteja neste estado e Deus fique na falta de seu serviço? Não. Seu casamento foi uma armadilha do diabo. Contudo, ela deve agora fazer o melhor que lhe for possível, tratar o marido com ternura e fazê-lo tão feliz quanto puder, sem violar sua consciência; pois se ele persistir em sua rebelião, este mundo é o único céu que terá. Mas ficar sem o privilégio de reuniões, para satisfazer a um marido opressor, possuído do espírito do dragão, não está de acordo com a vontade de Deus. Ele deseja que o tremente coração corra-Lhe ao encontro. Ser-lhe-á por cobertura, "como uma sombra de grande rocha em terra sedenta". Isaías 32:2. TCS 27 3 Somente tenha fé, confie em Deus e Ele a fortalecerá e abençoará. Todos os três filhos dela são suscetíveis às influências da verdade e do Espírito de Deus. Fossem eles postos em situação favorável, como sucede com muitos filhos de observadores do sábado, e seriam convertidos e alistados no exército do Senhor. -- Testemunhos para a Igreja 2:99, 100. TCS 28 1 A cabeça do lar -- Mary, ... desejo, com toda bondade de irmã e de mãe, amigavelmente advertir você sobre outro assunto: Tenho notado muitas vezes a maneira como você fala com John diante de outras pessoas, de um modo um tanto dominador e em um tom de voz que soa impaciente. Mary, os outros percebem isso e têm comentado comigo. Isto prejudica sua influência. TCS 28 2 Nós, mulheres, devemos relembrar que Deus nos colocou em sujeição a nossos maridos. Ele é a cabeça, e nossos critérios, pontos de vista e raciocínio devem, se possível, estar de acordo com os dele. Se não, a Palavra de Deus dá preferência ao marido, em não se tratando de assuntos de consciência. Devemos submeter-nos à cabeça. -- Carta 5, 1861. TCS 28 3 Um esposo dominador -- Tenho umas poucas palavras a dizer com respeito a seu casamento, não por revelação, antes por permissão. Sim, sinto-me compelida pelo Espírito do Senhor a dizer-lhe que tenho tido menor confiança na integridade de seu casamento do que possuía anteriormente. Meu coração tem sofrido grande peso. Eu sabia que você não estava qualificado para ser um esposo adequado para a irmã Drake. Se você houvesse permitido que ela trouxesse seu caso diante de nós, tê-la-íamos aconselhado de acordo com a luz que Deus nos concedeu no tocante ao assunto. Você sabia disso, por isso não desejava que fôssemos consultados. Irmão R, creio que seus motivos neste casamento foram puramente egoístas. Não creio que você houvesse tido um único pensamento em favor do bem da irmã Drake ou para a glória de Deus. Você se impôs a ela sem consultar aqueles que o conheciam melhor. Você se apressou neste assunto com aquele seu espírito impetuoso que sempre o caracterizou. TCS 29 1 Mordomia de recursos -- A sua conduta, que desde o casamento tem sido a de assumir o controle e a posse dos recursos daquela que você tornou sua esposa, mostra que os seus motivos não são corretos. Todas essas coisas depõem contra você e revelam o espírito egoísta e ditatorial, ao qual Deus não deseja que ela se submeta. O fato de haver-se casado, não anula a mordomia dela. Tampouco lhe destrói a identidade. A individualidade dela precisa ser preservada para que possa glorificar a Deus através do corpo e espírito, os quais Lhe pertencem. Ela não deve submergir a individualidade na sua. Ela tem deveres para com Deus, em relação aos quais você não tem o direito de interferir. Deus tem reclamos sobre ela, os quais não podem ser cumpridos por você. Foi sob a providência de Deus que ela se tornou despenseira dEle, e deve recusar-se a submeter isso a você ou a quem quer que seja. TCS 29 2 Você não possui sabedoria melhor e mais perfeita do que ela, que devesse levá-la a entregar-lhe a administração de seus bens. Ela desenvolveu um caráter muito melhor do que o seu, e possui mente mais equilibrada do que a sua. Nas mãos dela os recursos serão administrados de modo mais sábio e criterioso, e daí resultará maior glória para Deus, do que se você o fizesse. Você é um homem de extremos. É movido pelo impulso, e durante a maior parte do tempo está diretamente sob o controle de anjos maus, em vez dos anjos de Deus. -- Carta 4, 1870. TCS 29 3 Motivos impróprios -- Não necessito dizer-lhe quanto lamento o seu casamento. Você não é o tipo de homem capaz de tornar feliz a esposa. Você ama exageradamente a si mesmo, e isto o impede de ser bondoso, atencioso, paciente, afetuoso e compreensivo. Com quanta ternura deveria você estar agora tratando a mulher com quem casou! Quão cuidadosamente deveria procurar fazê-la não lamentar o fato de haver unido a você o seu destino! Deus está observando sua conduta neste aspecto, e você não terá desculpas pela escolha feita. Deus lê os motivos. Agora você tem a oportunidade de revelar seu verdadeiro eu, de demonstrar se agiu motivado por genuíno amor ou apenas por profundo e egoísta interesse quando casou. Não tenho dúvidas de que você casou pensando que teria a posse das propriedades dela, podendo manejá-las como bem lhe parecesse. TCS 30 1 Importância do amor e da ternura -- Você não tem o direito de ditar a sua esposa o que ela deve fazer, como o faria com uma criança. Você não desenvolveu uma valiosa reputação, como homem de bem, que requereria respeito. Considerando seus fracassos no passado, o que você necessita é assumir uma posição de humildade, despindo-se desta dignidade que não fez por merecer. Você é um homem demasiado fraco para exigir que sua esposa se lhe submeta sem apelação. Você tem um trabalho a empreender no sentido de governar a si mesmo. ... TCS 30 2 Jamais se coloque acima de sua esposa. Ela necessita de bondade e amor, os quais serão retribuídos a você. Se espera que ela o ame, necessita merecer esse amor manifestando amor e ternura em suas palavras e ações para com ela. Depende de você a felicidade de sua esposa. Até aqui seu modo de proceder tem dito: "Para que você seja feliz, precisa submeter sua vontade totalmente à minha; deve sujeitar-se a fazer o que me apraz." Você tem sentido verdadeiro prazer em exercer autoridade, pois imaginou que pode proceder assim. Mas o tempo se encarregará de demonstrar que, se você prosseguir fazendo o que o seu temperamento dita, não será capaz de inspirar amor ao coração de sua esposa, antes afastará de você as afeições dela, e por fim ela recusará essa autoridade, cuja força jamais sentiu anteriormente em sua vida de casada. Seguramente você está arranjando dificuldades e encrencas para si mesmo, e por certo colherá afinal aquilo que está semeando. TCS 30 3 Responsabilidade da mãe para com seu filho -- Preciso falar-lhe com toda a franqueza. O caso assim o exige. Como seu casamento com a irmã Drake está ajudando a melhorar a situação dela? De modo algum; ao contrário, você tem tornado a vida dela uma amargura quase insuportável. Achei que as coisas ocorreriam assim tão logo fui informada do casamento de vocês. Ela imaginava que teria alguém para ajudá-la a cuidar de seu filho, mas você tratou de afastá-la do garoto, requerendo que ela desviasse sua afeição e cuidado maternal para você, que tem apenas o vínculo do casamento para exigir isso. Você nada fez para merecer tão grande sacrifício. Não seguiu uma conduta que conquistasse a confiança dela. Mesmo assim tem a coragem de exigir este enorme sacrifício, o de separar a mãe de seu filho. Você pode afirmar que compreende o caso, mas nós afirmamos que você quase nada sabe sobre ele. Em vez de reconhecer que seria seu dever demonstrar paciência e afeição, administrando criteriosamente o caso do filho dela, você tem assumido atitudes que só um tirano insensível e desalmado assumiria. TCS 31 1 Meu conselho a esta mãe seria que andasse no temor de Deus e não permitisse que alguém, relativamente estranho, entre no caso, reclamando o título de esposo e separando o filho de suas afeições e cuidados. Deus não liberou essa mãe de suas responsabilidades por haver se casado. Você não possui verdadeiro amor. Não está familiarizado com o legítimo artigo. Se estivesse, não haveria assumido o atual procedimento. -- Carta 4, 1870. ------------------------Capítulo 4 -- Casamento de pessoas viúvas TCS 31 2 Perspectiva de casamento em idade avançada -- Querido irmão Hare: Em relação à sua última carta, recebida no penúltimo malote, devo dizer-lhe que não recebi luz especial a respeito do assunto, de modo que não posso prover-lhe informação no tocante aos pontos de seu interesse. Recomendo-lhe buscar conselho com Wesley Hare e sua esposa, uma vez que eles conhecem a pessoa que você tem em mente e ser-lhe-ão bons conselheiros. Sei, como o irmão diz, que está enfrentando a solidão em seus anos avançados, e se puder encontrar alguém a quem ame, e tenha o seu amor correspondido, não vejo objeção. Como, todavia, não conheço a mulher que o irmão tem em mente, não estou apta a falar como alguém que conhece ambos os lados. TCS 32 1 Uma coisa é certa: Você sabe que Aquele a quem tem servido por muitos anos será o seu sábio conselheiro. Deixe este caso com Aquele que jamais comete um equívoco. Agora o nosso tempo, tanto o meu quanto o seu, é curto, e devemos estar amadurecendo para a futura vida imortal. Cristo declarou: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que onde Eu estou, estejais vós também." João 14:1-3. Regozijemo-nos com isto, e tenhamos tão poucas preocupações quanto possível. TCS 32 2 Os anos finais devem ser um tempo de repouso -- O convite para jovens e idosos é: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque Sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:28-30. Graças ao Senhor, de coração, alma e voz, existe um lugar no Céu para repouso, doce repouso. É seu e meu privilégio aceitar esse convite e descansar. Desejamos agora que o que nos resta em anos de vida seja tão livre quanto possível de cuidados e perplexidades, de modo a podermos repousar na vida de Cristo, que diz: "Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:30. TCS 32 3 O Senhor não desapontará a quem quer que nEle deposite sua confiança. Para nós Ele será o primeiro, o último e o melhor em todas as coisas. Será uma ajuda sempre presente em tempo de necessidade. Nestes últimos dias de serviço devemos... ser sustentados, conduzidos e protegidos pelo poder de Cristo. Possa o Senhor abençoar e fortalecê-lo, de tal modo que seus últimos dias sejam os melhores, perfumados pela enternecedora e subjugante influência de Seu amor. Que o Senhor o abençoe e o guarde e lhe dê repouso em Seu amor, é meu mais sincero desejo para você, meu irmão! -- Carta 70, 1898. TCS 33 1 Novo casamento de S. N. Haskell -- Recebemos a carta do irmão Haskell à noitinha, após o sábado. Estamos contentes em saber que vocês uniram seus interesses. Possa o Senhor abençoar esta união, para que vocês sejam uma fortaleza e apoio um ao outro em todos os momentos. Que a paz de Deus repouse sobre vocês é meu sincero desejo e fervente oração. "Ide, ... dizei ao povo todas as palavras desta vida." Atos 5:20. TCS 33 2 Estou contente, irmão Haskell, que você tenha conseguido uma ajudadora [a Sra. Haskell]. Foi isso que desejei por algum tempo. A obra na qual temos estado empenhados, tornou-nos um em Cristo para a difusão do conhecimento de Jesus. É seu privilégio desfrutar de felicidade em seu novo relacionamento, em ministrar o evangelho aos que se encontram em trevas e erro. Podemos simpatizar e unir-nos na grande obra que você e eu amamos, que é nosso grande objetivo, a expansão do reino de Cristo e a celebração de Sua glória. Em todas as coisas que digam respeito a este propósito, achamo-nos unidos pelos laços do companheirismo cristão, e em comunhão com os seres celestiais. ... TCS 33 3 Em virtude da luz a mim concedida, acho-me plenamente convicta de que através da união de vocês, como agentes santificados, a luz será refletida para a salvação de muitas almas que ainda se encontram em trevas e erro. Sei que você não tem vivido para si mesmo, senão para Aquele a quem ama e a quem serve e adora. -- Carta 74a, 1897. TCS 34 1 Conselho a J. N. Andrews -- Aconselhei-o a casar-se antes que retornasse à Europa a última vez, por estas razões: Primeira, você necessitava de uma esposa para cuidar de você; não deveria ter levado sua família de volta à Europa sem uma boa companheira para ser a mãe de seus filhos, evitando assim que estes fossem em todas as coisas moldados segundo a sua mente e suas idéias. Sua mente não é harmoniosamente equilibrada. Você necessita de outro elemento em seus trabalhos, que você não possui e não compreende ser algo essencial. ... TCS 34 2 Suas idéias no tocante a conservar-se viúvo têm sido errôneas, mas nada mais direi a este respeito. A influência de uma nobre mulher cristã, adequadamente capacitada, serviria para contrabalançar as tendências de sua mente. Sua alta capacidade de concentração, a intensa luz sob a qual você percebe todas as coisas de caráter religioso vinculadas com a causa e obra de Deus, causou-lhe depressão mental, um peso de ansiedade que o tem enfraquecido física e mentalmente. Se você estivesse ligado a uma pessoa com sentimentos opostos, capaz de fazer os seus pensamentos se afastarem de assuntos sombrios, que não houvesse sujeitado a própria individualidade feminina, mas preservado a identidade pessoal e exercido uma influência modeladora sobre a sua mente, hoje você teria força e capacidade físicas para resistir à doença. -- Carta 9, 1883. TCS 34 3 Você se recorda de que lhe escrevi do Texas, aconselhando-o a conseguir uma esposa antes de retornar à Europa. Imagina você que eu lhe teria dado tal conselho se não possuísse luz sobre o assunto? Esteja certo de que um tal conselho não lhe teria sido dado sem boas razões. Foi-me mostrado que você segue as próprias idéias e discernimento com extrema firmeza. Se estivesse mais disposto a deixar-se aconselhar pelas pessoas nas quais deveria confiar, e confiasse menos nos próprios sentimentos e impressões, os resultados para você mesmo e para a causa de Deus seriam muito melhores. TCS 35 1 Foi-me mostrado que você cometeu um equívoco ao partir para a Europa sem uma companheira. Se, antes de viajar, você houvesse escolhido uma mulher cristã, capaz de ser a mãe de seus filhos, haveria tomado uma decisão sábia, e sua utilidade seria agora dez vezes mais ampla do que tem sido. -- Carta 1, 1883. TCS 35 2 Interferência de um filho -- Suplico-lhe que não censure seu pai. Você não deve alimentar os atuais sentimentos, pois seu pai nada fez que seja condenado por Deus. Tal condenação existe apenas na mente dos homens. De modo algum seu pai desonrou os filhos. Ele se mantém no caminho do Senhor, em praticar justiça e juízo. O Senhor está abrindo o caminho diante dele, de modo que possa realizar uma grande e boa obra em favor de Seu povo. Cristo é seu Salvador, e ao contemplar a Cristo ele será transformado à Sua imagem. TCS 35 3 Seu pai tem sido um bondoso e amável esposo. Durante muitos anos serviu fielmente a pessoa a quem sempre amou. A morte separou dele aquela que por tanto tempo estivera sob seu especial cuidado. Depois a irmã dele também lhe foi tirada, e seu lar se desintegrou. Seria de surpreender, que sob tais circunstâncias, e após a morte de sua mãe, ele se sentisse atraído por uma mulher em cuja conversão desempenhara papel fundamental? Esta mulher não é jovem, mas tem idade para ser-lhe de ajuda em sua obra. Deve a idade de seu pai constituir uma barreira à sua felicidade? ... TCS 36 1 Houvesse seu pai se casado com essa mulher, acredito que o Senhor teria abençoado profusamente a ambos. Mas não acredito que, o assunto sendo tratado como tem sido, possa ir avante. Os que se recusam a sancionar essa união devem lembrar-se de que um dia terão de enfrentar o resultado de suas ações. Tenho, contudo, de deixar este problema nas mãos dos que dele têm participado. -- Carta 117, 1902. TCS 36 2 Quando a idade difere amplamente -- Outra causa da deficiência da geração atual em resistência física e valor moral é se unirem homens e mulheres em casamento com idades muito diferentes. Dá-se freqüentemente que homens idosos escolham jovens para casar. Assim fazendo, a vida do marido se tem prolongado, ao passo que a esposa tem de sentir a falta daquela vitalidade que ela comunica a seu idoso marido. Não é dever de nenhuma mulher sacrificar a vida e a saúde, mesmo que ela amasse alguém muito mais idoso que ela, e estivesse disposta, por sua parte, a fazer tal sacrifício. Devia ter restringido suas afeições e consultado interesses mais elevados que os seus próprios. Deve considerar: No caso de nascerem filhos, qual seria sua condição? Pior ainda é rapazes se casarem com mulheres consideravelmente mais velhas que eles. Em muitos casos, os filhos de tais uniões, onde as idades diferem grandemente, não possuem mente bem equilibrada. Têm sido também deficientes em resistência física. Em famílias assim, tem-se freqüentemente manifestado traços de caráter variados, peculiares e muitas vezes, dolorosos. Morrem muitas vezes prematuramente, e os que chegam à maturidade, são em muitos casos deficientes em força física e mental, bem como em valor moral. TCS 37 1 O pai raramente está preparado, com tais faculdades em declínio, para criar adequadamente sua jovem família. -- Mensagens Escolhidas 2:423, 424. TCS 37 2 Necessidade de discernimento -- Querida irmã: Acabo de receber uma carta de Charles B, estudante na escola de Lodi, Califórnia, pedindo-me que pergunte ao Senhor a respeito de sua mãe, a qual, segundo ele, está pensando em casar-se com um moço muitos anos mais jovem do que ela. TCS 37 3 Fico surpresa ao ouvir de uma mãe de quarenta e seis anos de idade, que está disposta a colocar em risco sua felicidade, bem-estar e influência, casando-se com um jovem de vinte anos. Este é um caso estranho, e revela ausência de discernimento. O Senhor por certo deseja que esta irmã considere com muita seriedade os resultados de tal conduta. TCS 37 4 Nesse assunto, essa irmã deve encontrar-se sob uma influência estranha -- influência contrária às orientações do Espírito Santo. Na qualidade de mãe de três filhos, deve ela sentir-se responsável perante Deus no tocante a manifestar discrição em todos os aspectos, de modo a poder manter sobre os filhos uma influência positiva, e não entregar-se a qualquer conduta que estes e muitos outros considerariam um tanto questionável. Deve ela compreender que seu dever para com Deus e os filhos demanda as mais sérias considerações. TCS 37 5 Minha irmã, o Senhor não está presente neste assunto. Tal casamento traria consigo resultados estranhos -- resultados que destruiriam a influência que qualquer mãe deve sinceramente esforçar-se por manter em relação aos próprios filhos. Insto com você que preserve essa influência como sendo sagrada. Deus solenemente a encarregou, como mãe de seus filhos, de fazê-los crescer na admoestação do Senhor. Para você, o tomar a esta altura de sua vida, um jovem de vinte anos como esposo, seria algo estranhamente inconsistente com suas responsabilidades de mãe de três filhos que agora estão quase atingindo a varonilidade. TCS 38 1 No período noturno eu me achava conversando com você a respeito deste assunto, e apresentando-lhe a incoerência da conduta ora considerada. Aconselho-a a exercitar sua capacidade mental num esforço para ajudar seus filhos a compreenderem as vantagens de amar a Palavra de Deus. Mostre aos filhos que você está cooperando com o Senhor no esforço de obter a salvação deles. TCS 38 2 Nas visões da noite me foi mostrado que, se você avançar nestes estranhos passos, o inimigo de toda justiça utilizará isto como um meio para arruinar o respeito de seus filhos por você, criando-lhes no coração um sentimento de contenda em virtude de sua falta de bom senso. Satanás está procurando destruir sua influência no lar e na igreja, tanto quanto entre os descrentes. TCS 38 3 Nos anos passados tivemos a oportunidade de observar vários casamentos em tais circunstâncias, e os resultados sempre têm sido de natureza a criar grande miséria na vida familiar. TCS 38 4 Pois bem, minha irmã, apelo a que você proceda como uma mulher de discernimento superior. Suplico-lhe que preserve cada jota de sua influência, de modo a poder usá-la para a glória de Deus, sendo assim capaz de oferecer sábios conselhos aos próprios filhos. Você será considerada responsável perante Deus pela boa influência que está agora em seu poder exercer. Para próprio benefício, e o de seus filhos, coloque um fim a este assunto. TCS 38 5 Nas cenas noturnas eu me achava dizendo: Dê a seus filhos, como verdadeira mãe, um exemplo de viva fé em Deus, e retenha assim o respeito e a confiança que de outra forma perderá para sempre. -- Carta 26, 1910. ------------------------Capítulo 5 -- A conduta do cônjuge cristão TCS 39 1 Nem pensar em divórcio -- Se a esposa é descrente e opositora, o esposo não pode, diante da lei de Deus, afastar-se dela por esta única razão. Para poder estar em harmonia com a lei de Jeová, deve ele conviver com ela, a menos que ela decida de vontade própria separar-se. -- Carta 8, 1888. TCS 39 2 Obrigações de uma esposa cristã -- Tenho de dizer-lhe algo da parte do Senhor. ... Ele tem uma obra para você realizar; não se trata de um trabalho público, mas de algo muito importante, uma obra em sua própria casa, onde deve preservar a posição de esposa e mãe. Ninguém mais será capaz de fazer esse trabalho, que é seu. TCS 39 3 O Espírito e a Palavra de Deus estão de acordo. Lembrando-nos disso, leiamos as palavras de inspiração do Senhor Jesus emitidas através de Paulo a Tito. Este é instado a falar "o que convém à sã doutrina. Quanto aos homens idosos, que sejam temperantes, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na constância. Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho, sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada". Tito 2:1-5. TCS 40 1 O primeiro dever de uma esposa -- seu lar -- Tendo diante de você esse texto, pergunto-lhe: Por que está você gastando seu tempo em Battle Creek? Porventura Deus a chamou a negligenciar o próprio lar? Não, não. Minha irmã, o Senhor me revelou que você não está cumprindo seu dever. Seu esposo necessita de você; seus filhos precisam da mãe. Você tem andado fora do caminho indicado por Jesus. Ele lhe diz: "Segue-Me." Mateus 9:9. Ele a conduzirá em seus deveres domésticos, que agora estão sendo tristemente negligenciados. A voz do Senhor não lhe ordenou que separasse seus interesses dos de seu esposo e filhos. Seu primeiro dever encontra-se no lar. O Espírito do Senhor não lhe concedeu uma obra, nem a qualificou para uma atividade que seja contrária à Sua Palavra. ... TCS 40 2 Conselho a uma mãe -- Você tem diante de si uma grande e sagrada obra, um sagrado e santo chamado para exemplificar as graças cristãs como fiel esposa e mãe; a ser amável, paciente, bondosa, e ainda assim firme, em sua vida doméstica; a aprender métodos corretos e a adquirir tato para educar os seus pequenos, de modo que eles sejam preservados nos caminhos do Senhor. Como humilde filha de Deus, aprenda na escola de Cristo; procure constantemente melhorar suas habilidades até ao máximo de perfeição, através do trabalho doméstico, tanto por preceito quanto por exemplo. TCS 40 3 Você terá o auxílio do Senhor nesse trabalho; se, entretanto, você ignorar seus deveres como esposa e mãe, e estender suas mãos para que o Senhor nelas coloque outro tipo de atividade, esteja certa de que Ele não contradirá a Si próprio; o que Ele lhe indica são os seus deveres no lar. Se você nutre a idéia de que algum dever maior e mais santo lhe está sendo confiado, você está enganada. Ao negligenciar seu esposo e filhos em favor daquilo que supõe serem seus deveres religiosos, quer seja a freqüência a reuniões, quer o trabalho em favor de outros, ou ainda apresentar estudos bíblicos ou levar mensagens a alguém, esteja certa de que está indo diretamente contra as palavras inspiradas na recomendação de Paulo a Tito. A religião de Cristo jamais conduzirá uma esposa e mãe a agir do modo como a irmã tem procedido. TCS 41 1 Você pode cultivar agora as habilidades domésticas em seu mais extenso grau, pois seus filhos se encontram em uma idade em que mais necessitam da mãe. O espírito inquieto se inclina naturalmente para o mal. A mente ativa, caso não seja ocupada com coisas melhores, dará atenção ao que Satanás possa sugerir. As crianças precisam do olhar vigilante da mãe. Necessitam ser instruídas, guiadas em caminhos seguros, guardadas do vício, conquistadas pela bondade e confirmadas em praticar o bem, através de diligente orientação. TCS 41 2 O Salvador discerne valor e dignidade em toda pessoa por causa da imagem de Deus que ela possui. Ele morreu para que seus filhos pudessem receber o dom da vida eterna. Contempla-os com divina compaixão. Eles podem ser salvos para a eternidade, e são tão preciosos quanto quaisquer outros. O Senhor não a chamou a negligenciar seu lar, esposo e filhos. Ele jamais procede desta maneira, e nunca o fará. Você tem diante de si um pequeno pedaço de terreno a ser cultivado, e Deus a responsabilizará pela obra que confiou às suas mãos. Por intermédio de fervorosa prece e estudo, você chegará a ser sábia no lar, conhecendo os diferentes temperamentos de seus filhos e observando cuidadosamente a conduta deles. Você terá assim no lar uma pequena escola, da qual será a professora. Se você buscar sabedoria do Senhor a fim de compreender os Seus caminhos e guardá-los, Ele a conduzirá, não para longe do lar, mas de volta ao mesmo! TCS 41 3 Pobreza não é pecado -- Se você é uma dessas luzes que brilham no mundo, sua luz iluminará seu próprio lar. A pobreza tem sido o seu quinhão, mas isso você não pôde evitar, e não constitui pecado. Entretanto, a sua mente tem sido de ordem a ver todas as coisas sob uma luz demasiado intensa. Neste aspecto você precisa aprender lições aos pés de Jesus; precisa confiar mais nEle e ser menos ansiosa; precisa desenvolver genuína fé nas promessas de Deus. Deve ser coobreira de Deus, cultivando sua mente a ponto de poder educar e treinar seus filhos a desenvolverem espírito calmo, um coração amorável, imbuindo-os com aspirações puras e cultivando neles o amor pelas coisas honestas, puras e santas. TCS 42 1 O cuidado de Deus pelas crianças -- Não suponha nem por um momento que Deus lhe tenha dado uma tarefa que a obrigue a separar-se de seu precioso pequeno rebanho. Não deixe que se desmoralizem por associações impróprias e endureçam o coração contra a mãe. Isto significaria projetar sua luz de maneira totalmente errada. Você está tornando mais difícil aos filhos o serem aquilo que Deus gostaria, e finalmente alcançarem o Céu. Deus cuida deles, e assim você deve fazer, se pretende ser Sua filha. TCS 42 2 Em tempos passados você errou ao demonstrar ansiedade excessiva por seus filhos. Sua confiança não repousou plenamente em Deus, e você demonstrou para com eles uma condescendência maior do que teria sido para o seu bem. E agora você os deixa entregues a si mesmos? Que tipo de experiência é esta? Certamente não vem de Deus nem da verdade. Você está ofendendo a Deus ao pretender estar sendo guiada por Ele, ao mesmo tempo em que negligencia os deveres para com seus filhos. ... TCS 42 3 Direitos do esposo e filhos -- Quando nos entregamos sem reservas ao Senhor, os deveres simples e comuns da vida doméstica serão olhados em sua devida importância, e assim os desempenharemos de acordo com a vontade de Deus. Ó, minha irmã, você pode sentir-se escrava da pobreza, sua sorte na vida pode ser humilde, mas Jesus não a abandona em virtude disto, nem deseja que você abandone sua família por esta ou qualquer outra razão. Deus a fez Sua despenseira no próprio lar. Procure educar-se para este trabalho, e Ele lhe estará ao lado a fim de abençoar todos os seus esforços, de tal maneira que, ao chegar a oportunidade da prestação de contas, Ele lhe possa dizer: "Muito bem", serva boa "e fiel". Mateus 25:21. TCS 43 1 Seu esposo tem direitos; seus filhos têm direitos; estes não devem ser ignorados por você. Quer você tenha um talento, três ou cinco, Deus concedeu a você a sua obra. Os pais negligenciam tremendamente seus deveres domésticos. Não preenchem o padrão bíblico. Mas àqueles que abandonam seus lares, cônjuges e filhos, Deus não confiará a obra de salvar almas, pois eles se têm demonstrado infiéis a seus sagrados votos. Têm-se revelado infiéis às sagradas responsabilidades. Deus não lhes confiará riquezas eternas. ... TCS 43 2 A obra da mãe cristã começa no círculo familiar, ao tornar o lar aquilo que deve ser, agradável ao marido, prazenteiro aos filhos. Esses preciosos pequenos estão nas mãos dela a fim de serem fielmente educados. ... TCS 43 3 A mãe, agente de Deus -- Irritar-se e ralhar, reunir à volta da alma nuvens e escuridão, tão-somente trarão sombras e desencorajamento ao ambiente doméstico. As mães não reconhecem nem pela metade suas possibilidades e privilégios. Elas parecem não compreender que são capazes de realizar o mais elevado trabalho missionário, sendo cooperadoras de Deus em ajudar seus filhos no desenvolvimento de um caráter simétrico. Esta é a grande responsabilidade do trabalho que Deus lhes concedeu. A mãe é o agente divino para tornar cristã a família. Deve ela exemplificar a religião bíblica, mostrando de que modo a influência da mesma deve controlar-nos em nossos deveres e prazeres diários, ensinando seus filhos que serão salvos tão-somente pela graça, através da fé, que é um dom de Deus. Esse constante ensinamento a respeito daquilo que Cristo é para nós e para eles; Seu amor, Sua bondade, Sua misericórdia, revelados no imenso plano da redenção, proverão uma bendita e santa impressão no coração deles. -- Carta 28, 1890. TCS 44 1 Conselho à esposa de um homem incrédulo -- Recebemos muitas cartas solicitando aconselhamento. Certa mãe diz que o esposo é descrente. Ela tem filhos, mas estes são ensinados pelo pai a desrespeitar a mãe. Ela se sente profundamente preocupada com os filhos. Não sabe que rumo tomar. Expressa sua ansiedade em fazer algo pela causa de Deus, e pergunta se eu penso ser seu dever abandonar a família, por estar convicta de que não conseguirá fazer algo de bom para a mesma. TCS 44 2 Minha resposta é: Não consigo ver de que modo o seu caminho seria aceitável diante do Senhor, ao abandonar esposo e filhos. Não creio que você pense ser este o seu dever. As provas pelas quais a irmã está passando talvez sejam tremendamente severas. Certamente por vezes seu coração dói em virtude do desrespeito que lhe é demonstrado, mas estou certa de que a irmã deve considerar como seu dever cuidar dos próprios filhos. É este o seu campo de labor, onde um trabalho lhe foi indicado. Talvez esse solo seja rochoso e de difícil preparo, mas você possui um Companheiro em todos os seus esforços quanto a cumprir seus deveres de modo fiel e consciencioso, a despeito das circunstâncias desencorajadoras. Jesus é seu ajudador. Ele veio ao mundo a fim de salvar pecadores a perecer, e neste trabalho você precisa considerar-se como coobreira de Deus. TCS 44 3 Provações domésticas somente para os ouvidos de Jesus -- Não se esquive de suas responsabilidades. Seja diariamente uma missionária no lar. Não apenas ensine seus filhos desde a infância, mas também os treine. Mantenha um firme e persistente controle sobre eles. Você deve não apenas dizer-lhes o que precisam fazer, mas com toda a habilidade possível, faça com que o ambiente ao redor deles seja favorável, semeando-lhes no coração as preciosas sementes do amor e espírito de Jesus. Embora Satanás utilize o pai destas crianças para contrafazer o trabalho que você tem realizado, não se desanime; não desista da luta. Faça aquilo que deseja que eles façam. Trate seu esposo com bondade em todos os momentos e em todas as ocasiões, e prenda os filhos ao próprio coração com laços de amor. Este é o seu trabalho; esta é a responsabilidade que lhe cabe desempenhar. Não conte acerca de suas lutas domésticas a ninguém, senão a Jesus; derrame-as em Seus ouvidos. TCS 45 1 Jesus "veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber, aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:11-13. TCS 45 2 Valor de uma vida semelhante à de Cristo -- A graça não é herdada. Um pai muito mau pode ter um filho piedoso; um pai cristão pode gerar um filho pródigo. Que as mães tomem sobre si os fardos tornados duplamente pesados em virtude das atitudes do chefe da família. Isso torna bem claro o seu dever, de fazer sua luz brilhar no lar onde Satanás está atuando para assumir o controle dos filhos. Ele os terá? Que se erga o espírito missionário diante da emergência e diga: "Não, não. Meus filhos, embora tenham um pai irreligioso, foram comprados pelo sangue de Cristo. Sou sua mãe. Buscarei o Senhor com fé, humildade, de modo que Ele não apenas salve estas crianças, mas também leve o pai delas ao arrependimento." Não peça nem implore a simpatia de seu marido e de seus filhos, antes viva simplesmente a vida de Cristo. Em palavras, em espírito, em caráter, em mansidão, em paciência e longanimidade, em alegria de espírito, seja como uma placa de sinalização a apontar a direção, o caminho que conduz ao Céu. TCS 46 1 Seja testemunha de Cristo. Exemplifique a força da esperança cristã, que está dentro do véu. Demonstre que esta âncora a sustenta em todas as circunstâncias. Torne o seu lar agradável e alegre. É em Jesus que você precisa repousar a todo momento. Obtenha força de Jesus. Ele lhe concederá o que for solicitado com sinceridade. Se você O buscar de todo o coração, certamente O encontrará. TCS 46 2 Obra missionária doméstica da mãe -- Deus não convoca as mães a se afastarem da obra missionária doméstica, levando-as a deixar os filhos sob o controle de influências desmoralizantes e perigosas para a alma. Porventura não estão os filhos sob necessidade de trabalho missionário? Não merecem os filhos os mais fervorosos esforços, apresentados em oração? Deverá a mãe negligenciar o campo missionário doméstico em favor de outro campo mais abrangente? Que ela teste suas habilidades no próprio lar -- que assuma a obra que Deus lhe indicou. Se fracassou totalmente, é porque não teve fé ou não apresentou a verdade e não a viveu tal qual ela é em Jesus. Que ela, após anos de aparente fracasso, teste outros métodos, buscando o conselho de Deus. Ajoelhada diante dEle, reclame o cumprimento de Suas promessas: "Se, porém, algum de vós necessita sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a porém, com fé, em nada duvidando." Tiago 1:5, 6. TCS 46 3 Alegria melhor que queixas -- Tem você sentido que sua sorte é pesada, queixando-se e murmurando? Ora, se você não conseguiu ajuda com tais atitudes, tente outra conduta. Fale de modo bondoso; seja alegre. Tendo a Jesus como seu ajudador, irrompa em canções de louvor. Quando tentada, insultada, não revide; trabalhe com seus filhos enquanto todos não estiverem em Cristo. Plante a semente, a viva semente, na profundeza do solo do coração. Que suas palavras sejam sabiamente escolhidas. Considere a si mesma como missionária indicada por Deus, para ser a luz de seu lar. TCS 47 1 Digo uma vez mais, que não está de acordo com as obras de Deus que a mãe deixe o esposo e filhos a fim de empenhar-se naquilo que ela considera um trabalho mais elevado. Assuma plenamente os deveres que estão exatamente em seu caminho. TCS 47 2 Posto de dever no lar -- Sinto-me triste quando recebo cartas de mães, indagando: "Devo deixar meus filhos para realizar obra missionária?" No temor e amor de Deus, respondo: Seja missionária em casa. Eduque-se nos caminhos e recursos da Bíblia, para poder ser obreira bem-sucedida no próprio lar, pois os que aí vivem precisam ser salvos, já que são pecadores. Não abandone seu posto de dever por ser desagradável. Existem hoje muitos mártires vivos, que sofrem em silêncio, que confiam em Deus quando são vitimados pelos abusos das más línguas e que são atormentados e feridos por ásperas e severas acusações, e cuja sorte parece ser a de viver e sofrer, recebendo conforto unicamente de Jesus, que é a fonte de sua força. Tais pessoas são missionárias. São os nobres de Cristo, e seus nomes se encontram escritos no Livro da Vida do Cordeiro. TCS 47 3 Lembre-se de que Jesus conhece tudo -- cada tristeza, cada pesar; Ele não permitirá que você desfaleça, pois Seus braços estão por baixo de você. Poderá ser uma luz para toda a vizinhança se for na verdade paciente, bondosa, tolerante. Com estas palavras, minha irmã, considere respondidas as suas perguntas. -- Manuscrito 9, 1868. TCS 47 4 Segura nas promessas de Deus -- É essencial que você deposite sua confiança em Deus. Lamento que o lugar em que mora tenha tão pouco estímulo religioso. Muitos lhe dirão palavras de simpatia, mas serão incapazes de trazer conforto ao coração anelante e faminto, que se encontra ferido e muito necessita do bálsamo curador. Jamais esqueça que o seu Salvador vive e reina. Seu apego às promessas divinas precisa ser forte. Mestres humanos na fé cristã são poucos. TCS 48 1 Você por certo tem se sentido desencorajada e talvez tenha cedido à tentação de negligenciar seus deveres religiosos, evitando carregar a cruz da vida cristã; talvez tenha consentido em ser guiada por princípios e sentimentos mundanos; pode ser que haja negligenciado a oração e o confessar a Cristo. Se isto aconteceu, não o faça mais. Lembre-se das palavras de Cristo: "Sereis Minhas testemunhas." Atos 1:8. Sua luz talvez tenha sido bruxuleante mas, graças a Deus, ainda não é demasiado tarde, mesmo agora, para reconhecer os reclamos que o Senhor tem sobre você. TCS 48 2 Confiança nos méritos de Cristo -- Você é propriedade de Jesus Cristo. Ele a comprou ao infinito preço de Si mesmo. Você Lhe pertence por criação e por redenção. Embora por vezes lhe tenha parecido incerta a esperança de um Céu, deve saber em quem confiar. Sua esperança de alcançar o Céu deve repousar unicamente nos méritos de Jesus Cristo. Você pode adquirir agora uma viva experiência nas coisas de Deus. Contemplando a Jesus pela fé, confiando em Seus méritos, as dúvidas acerca de Seu amor desaparecerão como a névoa diante do sol matutino. TCS 48 3 Firme submissão a Cristo -- Que sua submissão a Cristo seja plena e completa; não espere um dia ou hora sequer. Aproveite agora ao máximo este seu tempo de prova, seja ele curto ou longo. No exato momento em que você se lançar sem reservas sobre Jesus Cristo, Ele a aceitará. De nenhuma forma oculte o fato de que escolheu a verdade e todas as inconveniências que tal escolha envolve. ... TCS 48 4 Jamais, sob nenhuma circunstância, nem mesmo por aparência, consinta em abandonar o trilho traçado para os resgatados do Senhor. Seja decidida, inamovível nas obrigações cristãs para com seu Deus. ... TCS 48 5 Guarda do Sábado com os anjos -- Insisto em que você cumpra suas obrigações cristãs para com Deus. Se no raio de uma centena de quilômetros não existir uma única pessoa para guardar o sábado em sua companhia, esteja segura de que todo o universo celestial simpatiza com você. Cristo, o seu Salvador, e os anjos celestiais estão à sua volta. Se você clamar a Deus em todo momento de necessidade, Ele será o seu ajudador. Pratique a verdade em seu lar. "Sereis Minhas testemunhas", diz o Senhor. Atos 1:8. TCS 49 1 O testemunho de uma mãe cristã -- Não sou capaz de escrever-lhe mais. Se você ama o pai de seus filhos, viva a vida de uma cristã em todos os momentos e sob todas as circunstâncias. Se você houvesse procedido assim, Deus haveria atuado em seu favor. Mas se satisfaz a você mesma e desagrada o Pai celestial, como pode o Senhor agir em seu favor? TCS 49 2 Que o Senhor a ajude, minha querida, pobre e tentada irmã, na escolha do caminho correto, exatamente agora. Que Ele a ajude a conceder a seu esposo e filhos um testemunho de que você é na prática uma cristã, de que ama a Deus, de que ama a Jesus, Aquele que deu Sua vida por você. Assim como for o seu dia, será também a sua força. [Veja Deuteronômio 33:25.] -- Carta 76, 1896. TCS 49 3 Ganhando o cônjuge não cristão -- Minha irmã, seu Salvador é auxílio presente em cada momento de necessidade. Não desconfie dEle. Não leve seus fardos a seres humanos; leve-os ao Senhor. Talvez imagine que outros deviam compadecer-se de seus sentimentos deprimidos, mas por vezes será desapontada. Jesus jamais desaponta alguém que O busca para obter auxílio. TCS 49 4 Você comete erros? Vá a Jesus, peça-Lhe que a perdoe, e então creia que Ele o fará. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. Peça ao Senhor que perdoe seus erros e então se regozije nEle. Não a ajudará em nada manter-se lamentando seus defeitos. Diga: "Senhor, lanço sobre Ti a minha alma indefesa, e sobre Ti somente. Não me preocuparei, pois Tu disseste: 'Pedi, e recebereis.'" Mateus 7:7. Creia que receberá. Creia que seu Salvador é rico em compaixão, cheio de terna piedade e amor. Não permita que pequenos reveses a perturbem. Pequenos erros podem ser permitidos pelo Senhor para livrá-la de cometer erros maiores. TCS 50 1 Não argumente com Satanás -- Faça a sua parte em ajudar-se, como fazem todos os que querem ser abençoados. Creia que Cristo a ajuda. Recuse-se a falar uma só palavra de dúvida. Quando o inimigo lhe disser que o Senhor a abandonou, diga-lhe que sabe que Ele não o fez, pois declara: "Não vim chamar justos e, sim, pecadores, ao arrependimento." Mateus 9:13. TCS 50 2 Jesus diz: "O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora." João 6:37. Então, minha irmã, despeça o inimigo. Diga-lhe que você não desonrará a Deus duvidando de Sua misericórdia, de Sua bondade, de Seu amor. Jamais argumente com Satanás, pois ele possui um terrível poder para enganar. Se, ao ele se apresentar a Adão e Eva, estes houvessem se mantido repetindo as palavras de Deus, dizendo: "Ele disse, e eu creio em Sua Palavra; não desconfiarei dEle", eles não teriam sido vencidos. TCS 50 3 Cantar é melhor do que lamentar -- Em lugar de lamentar suas fraquezas e falar sobre descrença, e sentir que é duramente maltratada, comece a cantar. Fale da misericórdia e do amor de Deus. A todos que estão cansados e sobrecarregados Cristo lança o convite: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. Esta é a lição que Cristo deseja que você aprenda; se aprendê-la, encontrará descanso. TCS 50 4 Palavras gentis -- Quando lhe disserem palavras desencorajadoras, não responda, a menos que tenha uma resposta agradável. Quando tentada e provada por palavras desamoráveis, não desforre. Diga a si mesma: "Não desapontarei meu Salvador." Toda pessoa cristã é gentil, quer homem, quer mulher. A lei da bondade sempre está nos lábios de uma mulher cristã. Ela não profere palavras duras. Se você falar palavras brandas ao sentir-se irritada, isso fará a luz solar brilhar em seu coração, tomando mais confortável o seu caminho. Uma garotinha de idade escolar, em resposta a uma pergunta, disse: "Pessoas mansas são as que oferecem respostas brandas a perguntas ásperas." Cristo diz: "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra." Mateus 5:5. Eles serão considerados aptos para o reino do Céu, pois estiveram dispostos a serem ensinados. TCS 51 1 Você afirma que seu marido não é convertido à verdade. Mostre-lhe através de sua vida que é vantagem aceitar o que Cristo disse. Seja paciente, tolerante e bondosa, assim conseguirá ganhar seu esposo para o Salvador. TCS 51 2 A vida não é romance, mas realidade -- No poder da graça de Deus, você conseguirá obter as mais preciosas vitórias. Não deve tratar sua vida como um romance, e sim como uma realidade. Deve ser colaboradora de Deus na formação de um caráter que Ele possa aprovar. "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor." Filipenses 2:12. Porventura termina a orientação neste ponto? Não, graças a Deus que não! "Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:13. TCS 51 3 Você deve ser colaboradora de Deus na salvação da própria alma. Deve desejar realizar a vontade de Deus. Assim, não gaste seu tempo e forças com murmurações, ou falando de descrença e procurando faltas em Deus. Estimule a confiança nEle. Fale amavelmente a Seu respeito. Honre Aquele que "amou ao mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. TCS 51 4 Desempenho dos deveres domésticos -- Tenha certeza de cumprir com fidelidade e alegria, seus menores deveres no temor e amor de Deus. Deus declara: "Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito." Lucas 16:10. Execute fielmente seus deveres domésticos, e então entregue-se a Deus, dizendo: "Entrego a guarda de minha alma a Ele. Não retirarei de Suas mãos a condução de minha vida. Deixar-me-ei a Seus cuidados." TCS 52 1 Estude a vida de Cristo enquanto esteve na Terra. Ele não negligenciou os mais simples e insignificantes deveres que Lhe couberam. A perfeição assinalou tudo quanto Ele realizou. Olhe a Jesus em busca de auxílio, e isto a habilitará a desempenhar seus deveres diários com a graça e a dignidade de alguém que está em busca da coroa da vida imortal. ... TCS 52 2 Tudo o que Deus espera de você, bem como de todo cristão, é que viva a fé que professa. Mostre que a palavra de Cristo é verdadeira, de que Ele é capaz de guardar o homem de pecar. Assemelhe a vida à Sua vida pura, bela e santa. Obedeça aos Seus mandamentos. Isso lhe trará piedade prática. TCS 52 3 Uma vida apenas -- Não fique a falar das dificuldades da vida cristã. Não fale de suas provas, pois, se o fizer, tornar-se-á cada vez mais inclinada a reclamar de Deus. Fale do amor de Cristo, levando-O para o interior de seu coração e vida. Agradeça ao Senhor porque Ele a tem poupado, por não haver sido eliminada sem haver obtido o preparo para a entrada no reino celestial, onde não haverá pecado nem tristeza. Você dispõe de apenas uma vida para aperfeiçoar o caráter cristão. Se você revelar a graça de Deus em seu caráter, se a lei da bondade estiver sempre em seus lábios, se constantemente agradecer ao Senhor por Sua bondade para com você, estará se preparando para louvá-Lo no lar celestial. -- Carta 72, 1903. TCS 52 4 Desejos do marido quanto ao alimento -- No dia em que visitamos vocês, apreciamos muito a generosa refeição que nos foi preparada. Mas você precisa aprender a preparar alimentos nutritivos da maneira mais simples. Os desejos de seu esposo, quanto ao preparo de alimentos, devem ser respeitados, e ainda assim você deve estudar o preparo de pratos apetitosos da maneira mais simples e saudável possível, a fim de que os sensíveis nervos cerebrais não se enfraqueçam nem paralisem, tornando-a irritadiça, nervosa e facilmente descontrolada. ... TCS 53 1 Minha querida irmã, você ocupa uma posição de responsabilidade no lar. Segure as rédeas do governo com mão sábia e equilibrada. Não permita que os membros de sua família percam seu amor e respeito por você. Prenda-os ao seu coração com os sedosos laços do amor. Isto você conseguirá se viver junto a Jesus. Contemplando-O, você será transformada à Sua imagem, livrando-se "da corrupção das paixões que há no mundo". 2 Pedro 1:4. Deus a ama; ama também seu esposo, e está procurando atraí-lo a Si. Deseja desviar a atenção de seu marido de meros empreendimentos terrestres, fixando-a nas riquezas eternas. -- Carta 145, 1900. ------------------------Capítulo 6 -- Conselhos a Walter e Laura TCS 54 1 A natureza vinculadora do voto matrimonial -- 9 de Janeiro de 1888. Tive uma entrevista com o irmão C. Solicitou-me encarecidamente que o acompanhasse a St. Helena a fim de entrevistar-me com sua esposa. ... TCS 54 2 11 de Janeiro de 1888. Tive uma longa conversa com a irmã C, mostrando-lhe que se encontra sob a obrigação do voto matrimonial e este não libera de seus reclamos qualquer das partes envolvidas, exceto em caso de adultério, ou violação do leito conjugal. Nossa palestra sobre o assunto foi muito proveitosa. -- Manuscrito 22, 1888. TCS 54 3 Pode um juramento nada significar? -- 8 de Junho de 1888. Desejo colocar diante de você [Laura] alguns pontos. Por que não considera os fatos como eles são? Vocês dois fizeram um juramento, arquivado nos registros do Céu pelo anjo relator, de que amariam um ao outro até que a morte os separasse. Você se esqueceu disso? Deixa tão facilmente de lado os seus votos? Em troca de maus conselhos, abrirá mão de sua honra, de seu juramento, de seu dever? Se maus pensamentos lhe sobrevieram, se algum mau conselho lhe sugeriu a separação, seria isto razão para você levianamente deixar de lado o seu juramento? Este nada significa? Seus caprichos merecem total atenção? TCS 55 1 Você poderá dizer que não ama o esposo. Deve isto ser razão para não tentar amá-lo? Porventura é a presente vida tão longa e de tanto valor que você decidirá seguir o próprio caminho e apartar-se da lei de Deus? Não vejo base para você obter o divórcio. Mesmo que o esposo a houvesse enganado, há um juramento. Se ele lhe contou, como afirma ter feito, e nega tê-la enganado, e você se casou com ele, como pretende agora obter o divórcio? Desejo que você siga uma conduta compatível com o conselho que lhe dou, pois não tenho diferente conselho para apresentar-lhe. TCS 55 2 A imperfeição não é motivo para dissolver o casamento -- Meu coração se entristece ao ver a maneira frívola como são considerados os votos matrimoniais. Aproximamo-nos do juízo. Peço que você considere de modo cuidadoso e franco a sua posição. Talvez, ao examinar-se mais cuidadosamente o assunto, você desaprove as maneiras de seu esposo. Não será este o caso de muitas pessoas, depois de passada a novidade do casamento? Contudo, quando você fez seu voto diante de Deus e dos santos anjos, sabia que nem você e nem seu marido eram perfeitos; isto não é, pois, desculpa para quebrar os votos matrimoniais. Existe a necessidade de treinar a mente e o coração, para que um tolere o outro, sendo mutuamente amáveis e não permitindo que a desconfiança e o ódio tomem conta. TCS 55 3 Recuperando o amor perdido -- Eu a amo, minha irmã, e não desejo que você assuma atitude que arruinará sua felicidade e a de seu marido. Aqueles que a aconselharam a assim proceder, melhor fariam em examinar o próprio coração. Quando você colocar sua vontade no sentido de ajudar a si mesma, agindo conscientemente no temor de Deus, o amor que você agora supõe encontrar-se morto, como que ressuscitará, a menos que vocês joguem um sobre o outro a má natureza e desenvolvam as piores qualidades do coração humano. A fonte do amor aumentará dia após dia e com o tempo excluirá toda a amargura e desapontamentos. TCS 56 1 Você sabe que tem ternos sentimentos para com seu esposo, pois ele é seu marido e a ama de todo o coração. O seu amor seria para ele muito precioso, uma luz e inspiração para a sua vida. Ele apreciará tal amor; ele o valorizará, e a influência do mesmo sobre a vida dele se exercerá no sentido de modificá-la e elevá-la. Talvez você tenha fantasias, idéias e caprichos os quais não quer abandonar, e seu esposo terá de lidar humilde e pacientemente com você. Você possui, no entanto, nobres traços de caráter que, não sendo desrespeitados e abusados, virão em seu auxílio. TCS 56 2 Necessidade de tolerância -- Devo dizer-lhe que você não pode quebrar seus votos matrimoniais e sentir-se sem culpa diante de Deus. Una os seus interesses aos de seu marido. Ame-o, tolere-o e trabalhe com ele. Descarte os conselheiros do mal. O caso é entre você, seu marido e Deus. É o orgulho do coração que lhe cega os olhos a ponto de não perceber a necessidade de fidelidade a seu esposo. Apegue-se fielmente a seus votos matrimoniais por ser uma pessoa de coração reto; porventura se arrependerá você de haver preservado tais votos quando for revestida do manto da justiça de Cristo? TCS 56 3 Perfeição unicamente em Cristo -- Temos apenas um curto período para viver na Terra, um tempo em que práticas licenciosas se aninham sob os votos matrimoniais, para a ruína de dezenas de milhares. Embora você tenha uma cruz a carregar, suplico-lhe em nome de Cristo que não se aparte da justiça, do que é correto. Que a vida de vocês seja de sobriedade e o poder da vontade se aplique ao caso, de modo a não procurarem a perfeição um no outro, e sim ao contemplarem a Jesus, "o Autor e Consumador da fé". Hebreus 12:2. Lute por correr a carreira cristã com paciência, mantendo em vista a coroa da justiça, buscando obter conhecimento da vontade de Deus, dando preferência à familiaridade com Ele e afeiçoando-se a Ele. TCS 57 1 Sei que então você se convencerá do caminho correto e agirá de modo resoluto, não como uma criança, mas de acordo com suas convicções e sentimentos. Entregue-se a Deus sem reservas -- corpo, alma e espírito. Trabalhe na causa de Deus, fazendo o bem, e o Senhor a abençoará. Não se centralize no eu. Pense na alma de alguém; pense na vida de abnegação e sacrifício próprio de Jesus. Desvie a atenção de si mesma para Jesus, Sua vida e caráter. -- Carta 57, 1888. TCS 57 2 Aceitação dos fatos -- 29 de Agosto de 1888. Não vejo que mais se pode fazer neste caso, e penso que a única coisa que lhe resta [Walter C] é desistir de sua esposa. Se ela está assim determinada a não viver em sua companhia, serão ambos muito infelizes se o tentarem. Visto que ela absoluta e decididamente estabeleceu os próprios limites, a única coisa que você pode fazer é tomar sua cruz e proceder como homem. ... TCS 57 3 Espero que você seja homem. Deixe este assunto de lado, dirija-se ao trabalho e cumpra os seus deveres a despeito de todas as outras pessoas na Terra; esquecendo-se de si mesmo, negando e sacrificando a si próprio. Nisto consistirá a sua força. Jesus, nosso Redentor, apresenta-Se aos homens e diz: Eu os amo e quero torná-los felizes. Mostra Suas mãos e pés, dizendo: Sofri em seu favor; suportei as setas atiradas contra vocês; carregarei os seus fardos; protegerei vocês. Confiem em Minha fiança e certamente receberão a grande recompensa da vida eterna. TCS 58 1 Não há tempo para autocompaixão -- Digo-lhe que deposite sua confiança em Deus. Sua mente tem-se sentido perplexa e ocupada com o assunto de sua esposa. Agora, em nome de Jesus, largue este fardo; deixe seu caso nas mãos do Senhor. Que esta experiência o torne humilde. Cristo está com os fracos, tentados e abandonados a fim de lhes oferecer a Sua simpatia e repouso. Você necessita de descanso mental. Desista de Laura e firme suas afeições em Deus. Ele lhe dará alívio. O tempo é curto; você não pode parar e ter pena de si mesmo; vá trabalhar para o Mestre. Cumpra o seu dever com o melhor de suas habilidades; não se entregue ao desânimo; ande humildemente com Deus; busque comunhão com Ele. Que não seja o caso de seus desapontamentos levarem você a centralizar-se no eu, pensando em si, falando a seu próprio respeito. ... Viva para Deus. Seja amável e cortês. Não permita que o desapontamento o leve à ruína. Expulse a melancolia. Deus o ajudará se você se entregar verdadeiramente a Ele. Lembre-se, os olhos de Deus estão sobre você, pesquisando as profundezas de sua alma. ... TCS 58 2 Possa o Senhor ajudar, fortalecer e abençoar para que você faça o seu melhor. Desvie os olhos de coisas terrenas, de terrenos ídolos, e adore o Senhor seu Deus, servindo-O "de todo o teu coração, de toda a tua alma". Mateus 12:30. Assim você será inteiramente devotado ao Senhor. -- Carta 40, 1888. TCS 58 3 Desconsiderando a luz -- Desejei encontrar você [Laura] a fim de falar-lhe. Temo grandemente que você esteja desconsiderando a luz que o Senhor houve por bem conceder-lhe por meu intermédio. Sei que o Senhor a ama terna e piedosamente, e espero que você não ceda à tentação de seguir uma conduta que separe sua alma de Deus. Existem muitos, prontos a dar conselhos que confundem a mente, os quais não têm a Deus por conselheiro; portanto, tudo o que eles possam dizer simplesmente confundirá o caso que já é muito difícil. TCS 59 1 Minha irmã, sua disposição e temperamento são tais que sou levada a temer grandemente por sua salvação. Temo que não escolherá como companheiros os que são discretos, sábios e humildes de coração, os que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. TCS 59 2 A batalha de Satanás pela alma -- Lemos que Satanás desceu à Terra com grande ira, atuando com seu poder enganador no coração e mente de todos os que ouvem suas sugestões. Você conhece algo do amor de Deus; sabe alguma coisa da paz de Cristo; e Satanás está praticando o jogo da vida por sua alma. Será ele vitorioso? Conseguirá cumprir seu propósito? Não o permita Deus! TCS 59 3 O Senhor lhe tem concedido luz, mas você não tem andado nela. Está satisfeita com a conduta que segue? Seu próprio caminho, sua vontade, não é o melhor para você seguir. Estou certa de que Satanás deseja assegurar você para si. Consegui-lo-á? Escolherá você seguir o próprio caminho em vez de trilhar o caminho do Senhor? Decidirá colocar-se no terreno do inimigo? TCS 59 4 Evitar até a aparência do mal -- Abstenha-se até mesmo da aparência do mal (1 Tessalonicenses 5:22) é a exortação do inspirado apóstolo. Tem você feito isso? Com seu temperamento, isso lhe é difícil de realizar enquanto viaja de um lugar para outro colportando. Sente você, minha irmã, que tem agido conscienciosamente? Não estará seu caráter apresentando desenvolvimento unilateral? Não estarão sendo fortalecidos traços de caráter nada desejáveis, os quais lhe macularão a vida futura? O sensacional e o emocional estão mais desenvolvidos do que o intelectual. Minha irmã, evite tudo que exagere essa tendência tornando-a um poder dominador. Você tem poder motivador; seja ele não corrompido e inteiramente dedicado a Deus. O Senhor concedeu-lhe faculdades e habilidades que precisam ser santificadas e postas em prática para a Sua glória. TCS 60 1 Você tem uma história, e está fazendo história. Nessa crise a mente pode mudar de direção, inclinando-se para o que é grosseiro em vez do que é amável. A corruptora influência do mundo pode moldar os seus hábitos, seus gostos, sua conversação, sua conduta. Você está do lado perdedor. Estes preciosos momentos, tão solenes e carregados de resultados eternos, podem estar sendo postos inteiramente do lado satânico da questão, e poderão demonstrar-se a sua ruína. Não desejo que assim ocorra. Almejo que você seja uma cristã, uma filha de Deus e herdeira do Céu. TCS 60 2 Importância do conselho dos pais -- Você tem estado a moldar a sua vida. Como está seu caso, conforme registrado nos livros do Céu? Acima de todas as coisas, busque aquelas que têm a ver com a sua paz. Coloque-se sob influências que não venham a deteriorar e destruir a fina sensibilidade da alma. Mantenha o coração incontaminado das coisas do mundo. Que nenhuma familiaridade com jovens do sexo masculino manche sua vida. Você está sob risco de abandonar a Cristo, de tornar-se negligente e indisposta a ouvir sábios conselhos. O conselho da afeição paternal está caindo em ouvidos surdos. Pode você, minha irmã, pensar seriamente se aceitará conselho dos mais experientes? Será guiada por seus amigos? Será o conselho dos pais desatendido? Tomará você seu caso nas próprias mãos? TCS 60 3 Reconsiderando os passos -- Espero que você modifique sua conduta, pois se alguma vez o Senhor falou por meu intermédio, agora Ele lhe está dizendo que reconsidere seus passos. Suas paixões são fortes; seus princípios encontram-se sob perigo; e você não levará em conta e não seguirá o conselho que sabe ser a coisa mais clara, segura e coerente a ser feita. Decidirá você fazer o que é correto, ser correta, a atender ao conselho que lhe tenho apresentado em nome do Senhor? Deus lhe concedeu habilidades. Serão estas desperdiçadas a esmo? Esforços desgovernados mais freqüentemente avançarão na direção errada do que na correta. Permitirá que anos de obstinação, desapontamento e vergonha passem, e você cause tantas impressões negativas sobre as mentes por causa de sua conduta, de modo a nunca chegar a exercer a influência que poderia? TCS 61 1 Sua forma de proceder tem feito com que todo o bem que você já produziu, seja agora visto como mal. Você se tornou mal-humorada, não santificada e irreligiosa. Para conquistar aquilo que você pensa ser liberdade, adota uma conduta que, caso seja seguida, tornar-se-á um jugo pior do que a escravidão. Você deve mudar seu comportamento e ser guiada pelo conselho da experiência e, através da sabedoria daqueles que o Senhor instrui, colocar sua vontade do lado da vontade divina. TCS 61 2 Mancha na alma -- Se, porém, você estiver decidida a não ouvir conselhos senão os próprios, e a resolver todos os problemas por si mesma, então esteja certa que colherá o que semeou. Você deixará completamente o caminho correto, a não ser que ferida, magoada e diminuída em caráter religioso, se volte para o Senhor, humilde, arrependida e confessando seus erros. Você se cansará de desferir golpes no ar. TCS 61 3 Está segura de que sua conduta é correta? Sei que não; mas o orgulho tem a posse de sua alma. Você é demasiado irrequieta ou descuidada para tomar conselho. Lembre-se de que cada ação tem duplo propósito, seja ela virtuosa ou desmoralizadora. Deus está descontente com você. Pode permitir-se continuar na conduta que está seguindo? Uma mancha está sendo estampada em sua alma. -- Carta 47, 1889. TCS 61 4 Como barro nas mãos de Jesus -- Laura, rogo-lhe que vá a Deus em busca de sabedoria. O mais difícil é controlar a si mesma. Suas próprias provações diárias, suas emoções e seu temperamento peculiar, seus impulsos interiores -- essas são coisas difíceis de você controlar. Essas tendências voluntariosas a conduzem freqüentemente à escravidão e às trevas. Seu único caminho é entregar-se, sem reservas, às mãos de Jesus -- com todos os seus hábitos, tentações, provações e impulsos -- e permitir que o Senhor a modele como o barro é modelado nas mãos do oleiro. Você não é dona de si, portanto há necessidade de entregar sua personalidade incontrolável nas mãos dAquele que pode dirigi-la; então descanso, precioso descanso e paz, sobrevirão à sua alma. Repouse passivamente nas mãos de Deus. TCS 62 1 Retratos nos livros de registro do céu -- Lembre-se, seu caráter está sendo retratado pelo Artista-Mestre nos livros de registro do Céu, tão minuciosamente quanto a face é reproduzida pelo artista sobre a superfície polida. O que dizem os livros celestiais em seu caso? Está você conformando seu caráter com o do Modelo, Jesus Cristo? Está você lavando as vestiduras do caráter e alvejando-as no sangue do Cordeiro? "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras." Apocalipse 22:12. TCS 62 2 Mudança antes que seja demasiado tarde -- Laura, ainda não é tarde demais para os erros serem corrigidos. Não é demasiado tarde para confirmar sua vocação e eleição. Agora você pode começar a atuar no plano de adição. Adicione à sua fé virtude, conhecimento, temperança, paciência e todas as graças cristãs. As demais coisas perecerão no grande dia da conflagração, porém o ouro do caráter santo perdurará. Ele não conhece decadência. Suportará a prova do fogo no último dia. Minha querida filha, desejo que se lembre de que "Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más". Eclesiastes 12:14. TCS 63 1 A verdade está se desdobrando àqueles que andam na luz do sol da justiça de Cristo. A verdade santifica. Observamos o mal prevalecendo em toda parte. É ele acariciado e exaltado, ao passo que a verdadeira bondade, justiça, imparcialidade e pureza são calcadas a pés. Grande número de pessoas está semeando influências daninhas à sua volta. O que você está fazendo, Laura? Desde que decidiu rejeitar o conselho e recusar a advertência, tem se tornado uma cristã firme e bem desenvolvida? Ou escolher o próprio caminho tem-lhe trazido inquietações, preocupações e ansiedades? TCS 63 2 A mais crucial escolha na vida -- Por que não ouve o conselho de seus pais? Diante de você está o caminho que conduz à ruína certa. Não se volverá enquanto pode? Buscará ao Senhor enquanto a doce voz da Misericórdia lhe está convidando? Ou preferirá seguir o próprio caminho? O Senhor Se compadece de você. O Senhor a convida. Você aceitará? Voltará você de suas apostasias? Que o Senhor a ajude a escolher ser inteiramente dEle! -- Carta 51, 1889. TCS 63 3 Vontade e conselho próprios -- Querida irmã Laura: Pensei que deveria escrever-lhe umas poucas linhas, pois tenho interesse em sua alma, e estou segura de que os seus pés já foram perigosamente longe no caminho que conduz à perdição. Você não tem estado a adquirir força para superar os defeitos de caráter, antes tem seguido uma conduta que não é cristã. Pois bem, sei que se você houvesse seguido o conselho que lhe dei em nome do Senhor, poderia hoje encontrar-se num ponto muito mais avançado em termos espirituais. Mas toda a minha orientação foi posta de lado como nada valendo, e senti que não deveria insistir em buscar o seu bem, pois minha alma se magoaria e a sua não seria auxiliada, a menos que eu pudesse estar de acordo com as suas idéias no tocante a seu casamento com Walter. Isto jamais farei, pois sei que você está seguindo uma conduta que não é correta, e que o Senhor não aprovará. Estivesse você correta, não teria sofrido como sofreu. TCS 64 1 Sua conduta, desde que abandonou Walter, não tem sido de molde a fazê-la mais estimada por qualquer pessoa que tenha o amor de Deus no coração. Você sempre gostou de freqüentar a sociedade, estimulando a atenção de rapazes. Tem feito isso para prejuízo próprio. Conselhos e recomendações neste sentido não têm feito qualquer bem a você, antes lhe têm produzido ressentimento. Entretanto, seria você capaz de considerar o modo como os anjos celestiais observam as suas ações, seguindo persistentemente as próprias opiniões, a própria vontade, firme, desafiante e determinada? TCS 64 2 Refletindo-se no espelho de Deus -- Você tem mantido as próprias idéias, sem considerar o que é certo ou justo. Isso vale a pena, Laura? Pode permitir-se o gasto dos poucos momentos de graça no estilo de vida que escolheu? Se você houvesse consentido em viver com Walter, certamente não se sentiria mais infeliz do que agora. Você definiu sua vontade própria, mas será esta a vontade de Deus? Eu gostaria que você visse a si mesma como Deus a vê. Você já amou a Deus, mas perdeu o seu primeiro amor. Não mais ama a Deus; não ama as coisas sagradas. Sua influência em relação aos outros não é um cheiro de vida para vida, e sim "de morte para morte". 2 Coríntios 2:16. Em vez de crescer "na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pedro 3:18), você está se afastando mais e mais do Senhor. TCS 64 3 Frieza e declínio espirituais -- Estivesse você seguindo uma conduta correta, não revelaria este declínio espiritual. A Bíblia não mais lhe é preciosa, como antes o foi. Você a lê por breves momentos, como que cumprindo um dever, mas não porque deseja ouvir a voz de Deus em Sua Palavra. Por vezes você ora, mas apenas de modo formal. Você não leva a Deus todas as suas preocupações, suplicando-Lhe com coração humilde para conhecer os Seus caminhos e a Sua vontade. Não podemos sancionar sua conduta; não temos considerado o seu exemplo como seguro para ser seguido por quem quer que seja. TCS 65 1 Em vez de alargar a diferença que a separa do mundo, você a tem diminuído, até a ponto de obliterá-la. Deve o Senhor dizer-lhe hoje: Cortem a árvore; porque estaria ela a ocupar o solo? Você não terá parte na primeira ressurreição. Sua conversação não é refinada e escolhida; ouvindo a sua leviana e descuidada conversação, e observando as companhias que escolheu nesses últimos anos, ninguém poderia crer que você é cristã. Você e sua irmã estão diariamente perdendo terreno, tornando cada vez mais trabalhoso e difícil o retorno. TCS 65 2 Completamente imprudente e descuidada? -- Poderá você enfrentar isso? Tornou-se você completamente imprudente e descuidada no tocante à sua alma? Tenho uma mensagem de Deus para você que não precisa fazê-la desesperar, antes retornar ao Senhor. "Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar." Isaías 55:6, 7. TCS 65 3 Perca de vista todas as coisas, menos uma: Como está a minha alma? Se me sobreviessem repentinamente a doença e a morte, qual seria a minha esperança de entrar nas mansões que Jesus foi preparar para os que O amam? Terá Jesus morrido em vão por mim? Escolherá você seu próprio modo de agir, a própria vontade, recusando-se a observar o caminho do Senhor? TCS 65 4 Necessidade de retorno a Deus -- O seu coração tem-se tornado mais e mais endurecido; porém, Laura, caia sobre a rocha e deixe-se quebrar; renda-se a Deus; retorne a Jesus. O mesmo brilho radiante do sol que uma vez iluminou a sua alma e a enterneceu, os mesmos raios do Sol da Justiça que iluminaram a sua mente com a sua pureza, estão ainda hoje buscando o seu coração e mente. O mesmo Jesus que proferiu palavras de perdão à sua alma, está lhe falando hoje. O Seu sangue não perdeu a eficácia; é capaz de limpá-la de todo pecado. O mesmo Espírito que uma vez a conduziu a Jesus com as cordas de Seu amor, está à sua espera para levá-la de volta a Ele. Não pense em qualquer outra coisa senão em Jesus. Quebrante seu coração, confesse seus pecados, abandone-os e retorne ao Senhor com pleno propósito de coração. Quando você mostrar determinação de agir corretamente diante de Deus, de abandonar os próprios caminhos em favor dos de Deus, Ele restaurará você à Sua salvação. TCS 66 1 O enfraquecido poder da vontade -- Algumas coisas que agora lhe parecem impossíveis, por certo modificarão sua aparência quando o seu coração for transformado pela graça de Deus. Por vezes o seu coração tem-se tornado triste ao você perceber que não está salva e que tem ofendido o Salvador com os seus maus procedimentos. Quando analisa a si mesma, surpreende-se ao perceber a distância que colocou entre você e o Salvador. Vez após outra tem tomado a decisão de reformar-se, mas freqüentemente fracassou porque tomou a decisão baseada nas próprias forças. Sua força moral enfraqueceu-se. Sua força de vontade ainda é suficientemente forte, mas não é forte do lado do Senhor. Não tem sido capaz de fixar a mente na Palavra de Deus. Tem falado muito, mas isso apenas a tem levado a afundar-se ainda mais. Seu coração não tem sentimento quando você tenta orar. TCS 66 2 O clamor do pecador -- Faça agora um esforço desesperado. Desvie sua mente de si mesma, de pensar no divórcio, de pensar em Walter, de pensar em qualquer coisa mortal; e comece com a própria alma. Clame com toda sinceridade: "Leva-me para a Rocha que é mais alta do que eu" (Salmos 61:2); salva-me, Senhor, ou perecerei. "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito reto. ... Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve." Salmos 51:10, 7. TCS 67 1 Estamos rodeados de iniqüidade em suas várias formas. Você necessita de um ajudador. O Senhor conhece todas as suas obras; mesmo os seus pensamentos acham-se diante dEle como um livro aberto. Faço-lhe agora o meu apelo. Deve haver uma mudança total. Desloque-se de sob a infernal bandeira de Satanás e coloque-se embaixo da ensangüentada bandeira de Jesus Cristo. Você fará isto? Trocará o seu espírito pelo Espírito de Cristo? Quando a sua mente sentir prazer em se demorar no Céu e nas coisas celestiais, você deixará de sentir o desejo de desfrutar da companhia de rapazes. No mais íntimo recesso de sua alma você desejará ser semelhante a Jesus. Contemplando-O, "somos transformados" à Sua imagem. 2 Coríntios 3:18. Pensamentos e sentimentos carnais não mais serão entretidos. Você deixará de ser frívola, vulgar nas conversas e não santificada em sua vida. Você alcançará os mais altos padrões de pureza e elevação de caráter através da graça de Cristo. TCS 67 2 Entrego-a agora a Deus e a Sua graça. Entretanto, "desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor. Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade". Filipenses 2:12, 13. -- Carta 14a, 1891. ------------------------Capítulo 7 -- Admoestação à segunda sogra de Walter TCS 67 3 Querida irmã: Vejo, no que respeita ao casamento de sua filha com Walter C, o motivo de sua aflição. Esse casamento, porém, teve lugar com seu consentimento, e sua filha sabendo tudo que a ele dizia respeito, aceitou-o como esposo, e agora não posso ver nenhuma razão por que você se preocupa com a questão. Sua filha ama a Walter C, e pode ser que esse casamento esteja no desígnio de Deus para que tanto Walter como sua filha tenham mais preciosa experiência cristã, e sejam edificados nos pontos em que são deficientes. Sua filha se comprometeu com Walter C em casamento, e romper os votos matrimoniais estaria longe de ser justo. Ela não pode agora anular suas obrigações para com ele. TCS 68 1 Você diz que Walter estava noivo de alguma jovem em Topeka. Não posso falar a tal respeito, pois não ouvi as razões de Walter para haver rompido o noivado, se é que ele o fez. Eu conhecia pessoalmente seu anterior relacionamento com sua primeira esposa, Laura. Walter amava Laura muitíssimo; ela, porém, não era digna de sua afeição. Ele fez tudo ao seu alcance para ajudá-la, e procurou por todos os meios possíveis conservá-la como esposa. Não poderia haver feito mais do que fez. Eu pleiteei com ela, e procurei mostrar-lhe a incoerência de sua atitude, e roguei-lhe que não se divorciasse; ela, porém, estava decidida, deliberada e obstinada, e queria seguir seu próprio caminho. Enquanto ela viveu com ele, procurou obter dele todo o dinheiro possível, mas não o tratava bondosamente como uma esposa deve tratar a seu marido. TCS 68 2 Direito à felicidade -- Walter não deixou sua esposa. Ela o deixou e separou-se dele, e se casou com outro homem. Não vejo nada na Escritura que o proíba de tornar a casar-se no Senhor. Ele tem direito à afeição de uma mulher que, sabedora de seu defeito físico, decide devotar-lhe seu amor. Chegou o tempo em que ser estéril não é a pior coisa que pode ocorrer a alguém. Vejo esposas que deram origem a uma grande família, e agora se encontram incapacitadas de prover-lhe a devida atenção. Essas mulheres nem chegam a conseguir recuperar-se de uma gestação, e já estão envolvidas noutra. TCS 68 3 Muitas dessas mulheres são esposas de homens pobres, que não possuem recursos suficientes para dar sustento à sua crescente família, e presentemente eu os estou ajudando a alimentar, vestir e educar seus filhos. Entretanto, a despeito de sua incapacidade em sustentar os filhos, novas crianças são trazidas ao mundo tão rápido quanto possível. Deus não aprova tal procedimento. TCS 69 1 Os maridos dessas mulheres parecem pensar que as esposas não servem para qualquer outro propósito a não ser a satisfação de suas paixões sensuais. Filhos são trazidos ao mundo tão rapidamente, responsabilidades acumuladas em tal velocidade, que as esposas e mães não têm chance de cultivar a mente, nem dispõem de tempo ou oportunidade para devotar à obra religiosa. Deus não é glorificado em tais famílias. TCS 69 2 Muitas de nossas jovens missionárias se casam, e em poucos meses têm crianças para cuidar, necessitando afastar-se do campo missionário. Você deve alegrar-se porque sua filha não será estorvada em seu trabalho para o Mestre. Poderá acompanhar o marido em suas viagens e ser-lhe de ajuda; quando permanecer no lar, poderá servir ao Senhor como se não fosse casada. Este é o meu ponto de vista. TCS 69 3 Tenho confiança em Walter e acredito ser ele um cristão. Tive a ocasião de observar algo a respeito da têmpera de seu espírito ao longo das provas que enfrentou com a primeira esposa. Ela tentou extorquir-lhe dinheiro quando percebeu que tinha vantagem sobre ele, e ele esteve disposto a fazer dez vezes mais do que seria direito dela esperar, ou ser seu dever realizar. Ele suportou enormes e duras provas por causa dela. Tentei ajudá-lo de todas as formas possíveis. TCS 69 4 Procurei levar Laura a ver e compreender o seu dever. Entretanto, havendo adotado a conduta que adotou, não posso ver que esta nova união deva ser perturbada. É uma questão séria separar um homem de sua esposa. Não há nenhuma base bíblica para dar tal passo nesse caso. Ele não a deixou, foi ela quem o deixou. Ele não tornou a casar-se até que ela obteve divórcio. Quando Laura se divorciou de Walter, ele sofreu profundamente, e não foi senão depois de Laura casar-se com outro homem que Walter tornou a casar-se. Aquela que ele escolheu, estou certa de que será um auxílio para ele, e ele pode ser uma ajuda para ela. TCS 70 1 Walter não é perfeito em caráter. Possui algumas características objetáveis. Foram-lhe confiados recursos, e nem sempre ele os emprega da melhor maneira. Por vezes tem sido pródigo com seu dinheiro, outras vezes muito mesquinho em seu uso, ou severamente econômico. Mas uma boa esposa, temente a Deus, a seu lado, estará apta a adverti-lo a não proceder impulsivamente, e a aconselhá-lo a colocar seu dinheiro no tesouro do Senhor. TCS 70 2 Walter se encontra em posição de responsabilidade, mas se os membros da família à qual se ligou mediante o casamento se provarem verdadeiros para com ele, exercerão uma influência que o levará a tornar-se fiel mordomo dos bens do Senhor. Disporá então de seus bens como que à vista de todo o universo celestial. Não participará de esquemas ilegais para ganhar dinheiro, antes fará tudo tendo como objetivo a glória de Deus. Evitará todas as artimanhas e se esquivará de todos os meios mesquinhos e desonestos, e nada fará que seja contrário ao cultivo da verdadeira piedade. Compreenderá que todas as suas transações estão sob o escrutínio de Deus. TCS 70 3 Não devemos perder de vista o fato de que o mordomo deve negociar com os bens de seu Senhor, e que desempenha sagrada responsabilidade. A Bíblia requer que os homens comprem, vendam e façam todas as suas transações comerciais sob profundo senso de suas obrigações religiosas, tal como se estivessem apresentando petições ao Pai celestial, suplicando força e graça. O Senhor não deixou a cargo de qualquer pessoa proceder como bem lhe pareça com seus bens, ou conforme lhe dite o impulso, ou conforme o demandem seus amigos. O dinheiro que a pessoa maneja não lhe pertence, não devendo ser gasto desnecessariamente, pois a vinha do Senhor precisa ser trabalhada, e tal trabalho requer o concurso de meios. TCS 71 1 Agora é o nosso dia de oportunidade, sendo que se aproxima o ajuste de contas. O Senhor confiou recursos a Seus servos para que sejam usados sabiamente, pois todos são agentes morais e deles se requer que assumam responsabilidades. Nossos vários talentos são concedidos na proporção de nossa habilidade em usá-los, mas não devemos aplicá-los meramente para satisfazer desejos egoístas, tal como possam ditar as inclinações. TCS 71 2 Walter C fracassou, por vezes, no passado, ao manusear os bens do Senhor, e nem sempre levou em conta que deveria dispor dos bens confiados a seu encargo de tal forma que agradasse ao Mestre e contribuísse para o avanço da causa da verdade. Deverá prestar contas do modo como utiliza os bens que lhe foram entregues. Não deve considerar a própria vontade neste aspecto. Necessita buscar sabedoria de Deus. Não desejo que Walter coloque contra a sua vontade um único dólar neste campo sem recursos, pois ofertas efetuadas de modo compulsório não trazem consigo a bênção de Deus. Não insisto neste aspecto e não desejo forçar quem quer que seja a doar dinheiro, mesmo que destinado à obra de Deus. TCS 71 3 Deus tem uma obra a realizar, e estou nela empregando todos os recursos que consigo economizar, além de prover-me de casa, meios de vida e comodidades comuns. Existem outros que alegre e voluntariamente me ajudam nesta parte da vinha do Senhor. Se todos realizarem seu dever de acordo com a medida de suas responsabilidades, o montante a eles confiado duplicar-se-á. Aquele que devolve a Deus o que Lhe pertence, será honrado por sua fidelidade e ouvirá o Mestre dizer-lhe: "Bem está, servo bom e fiel." Mateus 25:21. Entretanto, não é adequado que as pessoas se limitem a dar unicamente quando sentem o impulso de fazê-lo. Cristo tem direito a tudo quanto possuímos. TCS 71 4 Você não deve surpreender-se de que Walter não se sinta à vontade em ajudar o seu filho. Se este não apreciou as oportunidades e privilégios que teve, se aplicou mal os próprios recursos e desperdiçou os talentos que Deus lhe confiou, a questão agora é: Procederá ele melhor numa segunda oportunidade? Aprendeu as lições que Deus tentou lhe ensinar? Existem muitas preciosas almas que muito apreciariam a oportunidade de receber educação, que não desperdiçarão oportunidades, antes utilizarão toda a sua aptidão em adquirir conhecimento com o qual empreenderão o bem. TCS 72 1 Sinto-me surpresa em saber que Walter não atendeu ao pedido que você fez, sendo a mãe da esposa a quem ele ama. Talvez ele esteja aprendendo a ser cauteloso, levando a sério as lições do passado. Ajudou muitas pessoas que não era seu dever ajudar. Você deve considerar a recusa dele em dar-lhe dinheiro, como evidência de sua sinceridade em não comprometer-se para ganhar seu favor. Tenho certeza de que Walter pretende cumprir seu dever. Os equívocos que cometeu, concedendo muito dinheiro aos familiares de sua primeira esposa por certo lhe ensinaram a não repetir a experiência. Espero que o fato de ele haver recusado dar-lhe dinheiro, para que seu filho se dirija a Battle Creek ou ao Union College, não a levem a ter preconceito contra ele. Este fato não deve ter tal influência. TCS 72 2 Se sua filha ama Walter C, não vejo nada na Palavra de Deus que exija que ela se separe dele. Como você pediu meu conselho, dou-o francamente. Se Walter lhe houvesse dado o dinheiro solicitado, não poderia isto ser visto como uma tentativa dele em comprar o seu favor? Não seria muito mais adequado que o seu filho trabalhasse e ganhasse por si mesmo o dinheiro, cuidasse da própria educação, e não dependesse de qualquer pessoa para tal favor? Pode acontecer concedermos ajuda imprudente a nossos filhos. TCS 72 3 Aqueles que trabalham para pagar seus estudos valorizam mais as vantagens obtidas do que aqueles que têm suas necessidades supridas por outros, pois sabem quanto lhes custa. Não devemos conduzir nossos filhos até que se tornem uma carga inútil. Eduque seu filho a ser diligente, capaz de sustentar a si mesmo e de ajudar outros. TCS 73 1 Deus é o proprietário do Universo. Cada homem, mulher e criança, com todo o tempo e talentos que lhes foram concedidos, pertencem a Deus. Deu Ele habilidades aos homens a fim de usá-las para Sua glória, e assim tenham crescente capacidade, sabedoria e compreensão. Deus tem reclamos em relação a cada alma, e somos agentes responsáveis, devendo oferecer-Lhe constante serviço. Devemos consagrar a Seu serviço corpo, alma e espírito, e empreender as coisas que levarão avante a Sua obra na Terra. É aqui que devemos realizar a Sua vontade. Nosso prazer não deve ser consultado, nem deve ele tornar-se o impulso governante. TCS 73 2 Pois bem, minha querida irmã, enviar-lhe-ei esta carta e também uma cópia a Walter C. Desejo desempenhar em relação a ele o papel de mãe. Em tempos de aflição ele necessitou de orientação materna. Todo centavo que colocou em minhas mãos foi utilizado para a salvação de almas que perecem, e ao chegar o devido tempo, possa ele ter a experiência de ouvir dos lábios do Mestre: "Muito bem, servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. TCS 73 3 Sinto-me verdadeiramente triste porque você tomou sobre os ombros fardos desnecessários. Não percebe que ao separar sua filha de Walter C poderá estar criando dois males em vez de corrigir um? Sua filha casou-se com Walter, e não existe razão para separá-la dele. Você não tem desculpa justificável para desejar interrompê-los de trabalhar e viver juntos como marido e mulher. Você poderá dar publicidade aos boatos que lhe chegam aos ouvidos, tornando-se assim o meio pelo qual você mesma, sua filha e Walter se sintam miseráveis. Deixe que os dois, como filhos de Deus, unam seus interesses segundo os seus votos matrimoniais requerem que o façam; permita que se consagrem a Deus e cumpram a Sua vontade, sendo vasos de honra, aptos a serem usados pelo Mestre. TCS 73 4 De sua parte, proceda como deve fazê-lo uma fiel mãe. Seja sábia em seus conselhos e ajude-os em tudo quanto esteja a seu alcance. Sabendo que todos vocês pertencem a Deus, proceda justa e amoravelmente com ambos. Seja franca e amável; cultive a integridade plena da alma, e receberá uma coroa que não desaparecerá. Tenha perfeita confiança em Deus, e Ele a abençoará, dando-lhe paz e repouso. -- Carta 50, 1895. ------------------------Capítulo 8 -- Fracasso do segundo casamento de Walter TCS 74 1 À segunda Sra. C -- 16 de Abril de 1907. Querida irmã C: Recebi sua carta, e em resposta direi: Não aconselho o seu retorno a Walter C, a menos que veja nele decidida mudança. O Senhor não Se agrada das idéias que ele tem tido quanto ao que é devido a uma esposa. Em certa oportunidade falei muito claramente a Walter no tocante à sua responsabilidade para com a esposa. Vejo com muita clareza que seria um erro você tornar a unir-se a ele, uma vez que seu amor por ele se extinguiu. Ele não poderá torná-la feliz, a menos que suas idéias mudem. TCS 75 1 Responsabilidade para com os pais -- Você tem um dever a cumprir para com sua mãe. Não deve colocar-se numa posição em que se sinta miserável e infeliz; se o irmão C mantém suas opiniões anteriores, o futuro não lhe será melhor do que foi o passado. Ele não sabe como tratar uma esposa. TCS 75 2 Sinto-me muito triste com isto. Penalizo-me naturalmente por Walter, mas não posso aconselhá-la a voltar para ele contra a sua decisão. Falo-lhe com a mesma sinceridade como falei a ele; seria perigoso para você colocar-se outra vez debaixo da ditadura dele. Eu esperava que ele mudasse. TCS 75 3 O irmão C pode colocar o pai dele em uma de nossas clínicas, onde receberá cuidados de bom nível. A experiência que você teve no passado não deverá repetir-se. Quando você estiver livre dos cuidados de sua mãe, poderá trabalhar em um de nossos hospitais. TCS 75 4 O Senhor sabe tudo sobre sua experiência, irmã C. Tenha ânimo no Senhor; Ele não a deixará nem a desamparará. Meu coração se enche da mais terna simpatia por você. Repouse sua alma desajudada em Cristo. TCS 75 5 Ajuda necessária no hospital -- Você sabe que nenhuma palavra foi proferida entre você e eu no tocante à sua ida para Battle Creek, tampouco você me falou algo de sua vida com Walter C no passado. Você não me dirigiu uma única palavra de queixa. A iniciativa de ir para Battle Creek foi algo de sua inteira responsabilidade, pois considerou justo e correto fazê-lo, e não a condeno por havê-lo feito. TCS 75 6 Pois bem, minha querida irmã, você obteve conhecimento de como tratar doentes, e sua ajuda é necessária em nossa obra médica. Ao você escrever, por bondade faça-me saber a respeito da saúde de sua mãe. TCS 75 7 O que está você fazendo? Necessitamos de obreiros fiéis, capazes de administrar tratamentos em nossos hospitais. -- Carta 148, 1907. ------------------------Capítulo 9 -- Separação TCS 76 1 Esposa controlada pelo demônio -- Estimado irmão D: Tive a esperança de que a mudança que pareceu ocorrer na vida de sua esposa durante a reunião em Chicago houvesse sido permanente, e eu me senti mui agradecida a Deus ao ouvir a sua confissão, pois assim pensei haver removido um pesado fardo de sobre meus ombros; entretanto, o fardo ainda pesa sobre mim. Sei que ela não mudou para melhor. Os perigos e dificuldades que ela criará se os seus caprichos forem satisfeitos, são praticamente impossíveis de serem compreendidos por aqueles que não sabem acerca do espírito que nela atua. ... TCS 76 2 Não importa quão sinceramente seu esposo procure manter uma conduta reta para servir a Deus, ela será o seu anjo mau, procurando afastá-lo da justiça. Na própria opinião, ela é o ídolo que ele deve adorar; de fato, ela é um agente de Satanás, que procura ocupar o lugar onde Deus deve estar. Ela tem seguido os impulsos do próprio coração não consagrado, a ponto de Satanás alcançar domínio quase completo sobre ela. ... TCS 76 3 A menos que ocorra uma mudança, logo chegará o tempo em que a natureza mais baixa desta mulher, controlada por uma vontade tão forte quanto o aço, conseguirá rebaixar a vontade do esposo ao seu próprio baixo nível. ... Neste caso, o irmão D não está lidando com uma mulher, e sim com um atrevido espírito satânico. O Senhor tem uma obra a ser realizada pelo irmão D; mas se ele se deixar vencer por estas explosões da esposa, será um homem perdido, e ela não será salva por tal sacrifício. TCS 77 1 Separação melhor que apostasia -- A melhor coisa que o irmão tem a fazer com esta mulher de espírito infantil, tão autoritária, tão insubmissa e tão incontrolável, é levá-la para a casa materna, deixando-a com aquela que é responsável por ela ser o que é. Embora isto seja doloroso, é o único caminho que ele pode tomar, se não deseja ser espiritualmente arruinado, sacrificado aos demônios de imaginações histéricas e satânicas. Satanás assume completo controle do temperamento e vontade dela e os utiliza como uma desoladora saraiva para romper toda barreira. O esposo é incapaz de fazer-lhe bem, antes está ocasionando a si próprio incalculável dano, e roubando a Deus dos talentos e influências que Ele lhe concedeu. TCS 77 2 Deus colocou o marido na liderança da família, e até que a irmã D tenha aprendido seu lugar e seus deveres como esposa, será melhor para ele não manter qualquer vínculo com ela. A esposa deve respeitar e obedecer, mas se ela terminantemente se recusa a preservar os votos matrimoniais, tornar-se-á mais e mais o joguete das tentações satânicas; e se o esposo consente em permanecer do lado dela, para desgastar a própria vida, acabará desencorajado e desqualificado para o serviço do Senhor. Ele não está sob a obrigação de manter a seu lado alguém que tão-somente lhe tortura a alma. Foi-me mostrado que ele já está perdendo sua varonilidade, a ponto de ser influenciado e modelado pela esposa. Esse casamento foi um laço de Satanás. TCS 77 3 Prioridade dos reclamos divinos -- A irmã D está determinada a governar ou arruinar. Foi-me mostrado que ela se entregou tão amplamente às mãos de Satanás, que o esposo teme por sua razão; mas ele estará cometendo um dos mais graves equívocos de sua vida se permitir ser controlado por Satanás por intermédio da astúcia de sua esposa. Digo-lhe com toda franqueza, ela é controlada por demônios, e se estes maus espíritos tiverem o caminho livre, sua liberdade, irmão D, sua varonilidade, ter-se-á ido; você se tornará escravo dos caprichos de sua mulher. ... Ela se encontra tão possuída de demônios quanto o homem que se cortava e feria quando Jesus expulsou os espíritos malignos. ... Irmão D, deixe Satanás enfurecer-se, e não permita ser privado dos seus privilégios religiosos porque sua esposa assim deseja. TCS 78 1 Se ela for embora, deixe-a ir. Embora ameace suicidar-se, não atenda a suas ímpias exigências. Mesmo que leve a cabo a sua ameaça, seria melhor contemplá-la no silêncio da morte do que permitir que ela assassine não apenas a própria alma, como também a do esposo, sendo ainda o meio para a destruição de muitos outros. TCS 78 2 Natureza permanente dos votos matrimoniais -- Irmão D, você tem-se sentido aterrorizado com a violência de sua esposa, mas o caminho que deve seguir é a reta vereda da verdade, justiça e sabedoria, tendo sempre diante de si o temor de Deus. Satanás já está exultando com seu sucesso. TCS 78 3 Irmã D, eu não apresentaria o assunto da forma como o faço, não houvesse uma outra vida tão intimamente relacionada com a sua, e se trata da vida de alguém escolhido por Deus para ser Seu servo. Este casamento não deveria haver ocorrido, mas o passo foi tomado, e para seu esposo a tarefa de superar isso é agora dez vezes mais difícil do que se ele jamais a houvesse conhecido. Gostaria você de pensar seriamente a respeito desta questão, se a utilidade dele deve ser destruída e sua vida tornar-se um fracasso por causa da conduta que você assumiu? ... Seu esposo não deve mesclar a identidade dele com a sua. O voto matrimonial que une o marido à esposa deve permanecer intacto, mas ele tem votos para com o seu Senhor, de amá-Lo de todo o coração e com afeições não divididas. -- Carta 34, 1890. ------------------------Capítulo 10 -- Motivos para divórcio TCS 78 4 Adultério é a única razão para divórcio -- Uma mulher pode estar oficialmente divorciada do marido pelas leis do país, mas não divorciada à vista de Deus e de acordo com a lei mais elevada. Só há um pecado, o adultério, que pode pôr o esposo e a esposa em posição de se sentirem livres do voto matrimonial à vista de Deus. Embora as leis do país possam permitir o divórcio, à luz da Bíblia continuam como marido e esposa, segundo as leis de Deus. TCS 79 1 Vi que a irmã Jones, por ora, não tem direito de desposar outro homem; mas se ela, ou qualquer outra mulher, obtiver um divórcio legal na base de adultério por parte do marido, então está livre para casar com quem quiser. -- O Lar Adventista, 344. TCS 79 2 Entre os judeus era permitido ao homem repudiar sua mulher pelas mais triviais ofensas, e a mulher se achava então em liberdade de casar outra vez. Este costume levava a grande infelicidade e pecado. No Sermão do Monte, Jesus declarou claramente que não podia haver dissolução do laço matrimonial, a não ser por infidelidade do voto conjugal. "Qualquer", disse Ele, "que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada, comete adultério." Mateus 5:32. TCS 79 3 Quando, posteriormente, os fariseus O interrogaram acerca da legalidade do divórcio, Jesus apontou a Seus ouvintes a antiga instituição do casamento, segundo foi ordenada na criação. "Moisés", disse Ele, "por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas no princípio, não foi assim." Mateus 19:8. Ele lhes chamou a atenção para os abençoados dias do Éden, quando Deus declarou tudo "muito bom". Gênesis 1:31. Então tiveram origem o casamento e o sábado, instituições gêmeas para a glória de Deus no benefício da humanidade. Então, ao unir o Criador as mãos do santo par em casamento, dizendo: Um homem "deixará... o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gênesis 2:24), enunciou a lei do casamento para todos os filhos de Adão, até ao fim do tempo. Aquilo que o próprio Pai Eterno declarou bom, era a lei da mais elevada bênção e desenvolvimento para o homem. -- O Maior Discurso de Cristo, 63. TCS 80 1 Mudar a disposição, não o estado matrimonial -- Recebi uma carta de seu marido. Eu diria que só há uma razão pela qual o marido pode legitimamente separar-se de sua esposa ou a esposa de seu marido: o adultério. TCS 80 2 Se não são de temperamentos compatíveis, não seria para glória Deus mudarem tal disposição? TCS 80 3 Marido e mulher devem cultivar respeito e afeição um pelo outro. Devem guardar o espírito, as palavras e as ações a fim de que nada seja dito ou feito que irrite ou moleste. Deve cada um ter cuidado do outro, fazendo tudo em seu poder para fortalecer sua mútua afeição. TCS 80 4 Digo a ambos que busquem ao Senhor. Em amor e bondade cumpram seu dever de um para com o outro. O marido deve cultivar hábitos diligentes, fazendo o melhor para sustentar a família. Isto levará sua esposa a ter respeito por ele. -- O Lar Adventista, 345. ------------------------Capítulo 11 -- O pecado da licenciosidade TCS 81 1 Resgate do pecado e impureza -- Quando a lei de Deus está escrita no coração, será manifestada numa vida pura e santa. Os mandamentos de Deus não são letra morta. São espírito e vida, pondo as imaginações e mesmo os pensamentos em sujeição à vontade de Cristo. O coração em que eles são escritos será guardado com toda a diligência; "porque dele procedem as fontes da vida". Provérbios 4:23. TCS 81 2 Todos os que amam a Jesus e guardam os mandamentos procurarão evitar a própria aparência do mal; não porque sejam constrangidos a fazê-lo, mas porque estão imitando um modelo puro e sentem aversão a tudo que se opõe à lei escrita em seu coração. Não se considerarão auto-suficientes, mas sua confiança estará em Deus, o qual é o único capaz de livrá-los do pecado e da impureza. A atmosfera que os rodeia é pura; eles não corromperão a própria alma ou a alma de outros. Seu prazer é praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente diante de Deus. TCS 81 3 Perigos dos últimos dias -- O perigo que se acha perante os que vivem nestes últimos dias é a ausência de religião pura, a ausência de santidade de coração. O convertedor poder de Deus não atuou na transformação do seu caráter. Eles professam crer em verdades sagradas, como foi o caso da nação judaica; mas, deixando de praticar a verdade, desconhecem tanto as Escrituras como o poder de Deus. O poder e a influência da lei de Deus estão por toda parte em redor, mas não dentro da alma, renovando-a em verdadeira santidade; portanto, o Senhor lhes envia Seus apelos e insiste em que pratiquem o que é correto. Os apelos de Seu Espírito são negligenciados e rejeitados. As barreiras são quebradas, a alma se enfraquece e, por falta de força moral para triunfar, polui-se e se contamina. Estão amarrando a si mesmos em feixes, como de lenha, para serem consumidos no último dia. TCS 82 1 Deveres e obrigações dos pastores -- Dos sacerdotes judeus era requerido que fossem, individualmente, simétricos e bem-proporcionados, de modo a poderem refletir uma grande verdade: "Santificai-vos... para que façais subir a arca do Senhor Deus de Israel." 1 Crônicas 15:12. O Senhor requeria não só mente bem-proporcionada e corpo simétrico dos judeus que ocupavam o sagrado ofício, como também exigia mente pura e não corrompida. Na presente dispensação, não requer menos de nós no ministério do evangelho. Os que são chamados e escolhidos por Ele devem apresentar o louvor dAquele que os "chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz". 2 Pedro 2:9. A mesma Bíblia que contém os privilégios do povo de Deus e Suas promessas a ele, apresenta também os sagrados deveres e solenes obrigações que o Senhor requer do pastor que toma conta do Seu rebanho, para que o povo consiga ver, comparando o pregador vivo com o padrão divino, se ele possui as credenciais do Céu pela semelhança de caráter com o supremo Pastor. É desígnio de Deus que o professor de Bíblia, em seu caráter e em sua vida no lar, seja um exemplo dos princípios da verdade que está ensinando a seus semelhantes. TCS 82 2 Caráter verdadeiro e reflexão interior -- O que um homem é, tem maior influência do que aquilo que ele diz. A vida serena, coerente e piedosa é uma carta viva, "conhecida e lida por todos os homens". 2 Coríntios 3:2. Um homem pode falar e escrever como um anjo, mas seus atos podem assemelhar-se aos de um demônio. Deus terá nos crentes na verdade zelosos praticantes de boas obras. Ao ocuparem elevadas posições serão provados por um padrão mais alto. Serão peneirados; defeitos e vícios serão investigados; pois, se estes existirem, desenvolverão em palavras e comportamento. O verdadeiro caráter não é algo a ser esculpido pelo lado de fora, ou algo que se possa vestir, sendo antes alguma coisa que irradia do interior. Se a verdadeira bondade, pureza, mansidão, humildade e retidão habitarem o coração, tal fato será refletido no caráter, e este será cheio de poder. TCS 83 1 Faltas e práticas de uns poucos -- Os guardas que haviam sido enviados a Jesus voltaram dizendo que "jamais alguém falou como este Homem". João 7:46. Mas o segredo estava em que jamais homem algum tinha vivido como Ele viveu. Tivesse sido outra a Sua vida e não poderia ter falado como falou. Suas palavras traziam consigo força convincente, porque brotavam de um coração puro e santo, cheio de amor e simpatia, benevolência e verdade. Quanto se regozijam os que odeiam a lei de Deus em descobrir falhas e manchas de caráter naqueles que defendem essa lei! Sentem-se demasiado contentes em lançar reprovação sobre todos os leais e verdadeiros, em virtude das faltas e práticas impuras de uns poucos. TCS 83 2 Existe eloqüência na vida serena e coerente de um cristão puro, verdadeiro e incontaminado. Enfrentaremos tentações enquanto estivermos neste mundo; mas, em vez de nos prejudicarem, estas tão-somente representarão vantagem para nós, se vencidas. Os limites são colocados onde Satanás não os pode ultrapassar. Pode ele preparar a fornalha que consome a escória, mas em vez de nos causar dano, isso unicamente trará à luz o ouro do caráter, mais puro e posicionado em maior vantagem que antes da prova. TCS 83 3 Em Baal-Peor -- O crime que atraiu os juízos de Deus sobre Israel foi a licenciosidade. A ousadia de mulheres para enredar as almas não terminou em Baal-Peor. Apesar do castigo que alcançou os pecadores em Israel, o mesmo crime foi repetido muitas vezes. Satanás foi sobremodo ativo para conseguir a completa ruína de Israel. Balaque, por conselho de Balaão, armou o laço. Os israelitas teriam enfrentado bravamente os seus inimigos em batalha e os teriam derrotado, voltando vitoriosos; mas quando mulheres chamaram-lhes a atenção e procuraram sua companhia, atraindo-os com seus encantos, não puderam resistir à tentação. Eles foram convidados para festas idólatras, e sua condescendência com o vinho lhes obscureceu ainda mais a mente confusa. TCS 84 1 O poder de autocontrole, sua submissão à lei de Deus, não foi preservado. Seus sentidos foram tão obscurecidos pelo vinho, e paixões não santificadas tão liberadas, derrubando de tal forma cada barreira, que a tentação foi convidada a ponto de participarem daquelas festas idólatras. Os que jamais haviam fraquejado em batalha, homens corajosos, não ergueram barricadas para a sua alma para resistirem à tentação de condescendência com as mais baixas paixões. Idolatria e licenciosidade andam lado a lado. Primeiro contaminaram a consciência com a sensualidade, e depois se afastaram ainda mais de Deus pela idolatria, mostrando assim desprezo pelo Deus de Israel. TCS 84 2 Repetitivas ciladas de Satanás -- Perto do fim da história da Terra, Satanás atuará com todo seu poder da mesma maneira e com as mesmas tentações com que tentou o antigo Israel justamente antes de sua entrada na terra prometida. Ele armará laços para aqueles que dizem guardar os mandamentos de Deus, e que estão quase nas fronteiras da Canaã celestial. Ele usará o seu poder até o máximo a fim de atrair as pessoas, apanhando o povo de Deus em seus pontos mais fracos. Aqueles que não tiverem subjugado as paixões inferiores às faculdades superiores de seu ser, que têm permitido seja sua mente um conduto de condescendências carnais das mais baixas paixões, a estes Satanás está determinado a destruir com suas tentações, a poluir-lhes a alma com licenciosidade. TCS 85 1 Ele não visa especialmente alvos mais baixos e menos importantes, mas faz uso de seus enganos por meio daqueles com quem pode contar como seus instrumentos, para seduzir ou atrair os homens para que se entreguem a liberdades que são condenadas na lei de Deus. E homens em posições de responsabilidade, que ensinam os reclamos da lei de Deus, cuja boca está cheia de argumentos em vindicação de Sua lei, e sobre os quais Satanás tem feito tal incursão -- sobre estes ele acumula seus diabólicos poderes e seus instrumentos para que atuem de molde a vencê-los em seus pontos fracos de caráter, sabendo que quem transgride um ponto se torna culpado de todos, obtendo assim completo domínio sobre o homem todo. TCS 85 2 A mente, a alma, o corpo e a consciência são envolvidos na ruína. Se ele é um mensageiro da justiça, e tem recebido grande luz, ou se o Senhor o tem usado como obreiro especial na causa da verdade, quão grande então é o triunfo de Satanás! Como ele exulta! Como Deus é desonrado! TCS 85 3 Licenciosidade, um dos encantamentos de Satanás -- As práticas licenciosas dos hebreus realizaram aquilo que todas as guerras com as nações e os encantamentos de Balaão não haviam conseguido. Ficaram separados do seu Deus. Seu amparo e proteção foram removidos. Deus Se lhes tornou em inimigo. Tão grande foi o número de príncipes e do povo culpado de licenciosidade que isto se tornou um pecado nacional, pois Deus Se irou com toda a congregação. TCS 85 4 O mesmo Satanás está agora atuando com idêntico fim em vista, para enfraquecer e destruir o povo que declara guardar os mandamentos de Deus, justamente quando se encontram nas fronteiras da Canaã celestial. Satanás sabe que este é o seu momento. Dispõe de apenas pouco tempo para trabalhar, e atuará com tremendo poder a fim de iludir o povo de Deus em seus pontos fracos de caráter. TCS 85 5 Mulheres como tentadoras -- Haverá mulheres que se tornarão tentadoras, e que farão o máximo possível para atrair e conquistar a atenção dos homens sobre elas. Primeiro, buscarão granjear-lhes a simpatia, a seguir, a afeição, e depois levá-los a violar a santa lei de Deus. Os que desonraram a própria mente e a afeição fixando-as naquilo que é proibido pela Palavra de Deus, não terão escrúpulos de desonrar a Deus com várias espécies de idolatria. Deus os entregará a suas vis afeições. TCS 86 1 Importa guardar os pensamentos; cercar a alma com os preceitos da Palavra de Deus; e ser muito cuidadoso quanto a cada pensamento, palavra e ação a fim de não ser surpreendido pelo pecado. É necessário guardar-se contra o cultivo da condescendência com as baixas paixões. Ela não é fruto de pensamentos ou corações santificados. TCS 86 2 Agora é dever do povo que guarda os mandamentos de Deus vigiar e orar, examinar diligentemente as Escrituras, esconder a Palavra de Deus no coração, a fim de não pecar contra Ele através de pensamentos idólatras e práticas degradantes, e não venha assim a igreja de Deus a ficar desmoralizada, como as igrejas caídas que a profecia apresenta como estando repletas de toda ave detestável e imunda. -- The Review and Herald, 17 de Maio de 1887. TCS 86 3 Apto para a trasladação -- Deve existir um povo apto a ser trasladado para o Céu, o qual é representado por Enoque. Eles contemplam e aguardam a vinda do Senhor. O trabalho avançará com todos os que cooperarem com Jesus na obra de redenção. "O qual Se deu a Si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras." Tito 2:14. Deus tomou todas as providências para que possam ser cristãos inteligentes, "cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual". Colossences 1:9. TCS 86 4 É essencial um conhecimento teórico da verdade, mas o conhecimento da maior verdade não nos salvará; nosso conhecimento precisa ser prático. O povo de Deus deve não só saber Sua vontade, mas também praticá-la. Muitos serão eliminados do número dos que conhecem a verdade, porque não são santificados por ela. A verdade precisa ser levada ao coração, santificando-o e purificando-o de todo mundanismo e sensualidade da vida mais íntima. O templo de sua alma necessita ser purificado. Todo ato secreto ocorre como se estivéssemos na presença de Deus e dos santos anjos, pois todas as coisas estão patentes perante Deus, e dEle coisa alguma pode ser escondida. TCS 87 1 Práticas desmoralizadoras no casamento -- Nesta fase de nosso mundo, os votos matrimoniais são muitas vezes desconsiderados. Deus jamais pretendeu que o casamento encobrisse a multidão de pecados que são praticados. Sensualidade e práticas baixas no relacionamento matrimonial estão educando a mente e o gosto moral para as práticas desmoralizadoras fora da relação conjugal. TCS 87 2 Deus está purificando um povo para que tenha mãos limpas e coração puro para apresentar-se diante dEle no juízo. O padrão precisa ser elevado, a imaginação purificada; o orgulho acumulado em torno de práticas rebaixadoras deve ser subjugado, e a alma elevada a pensamentos puros e práticas santas. Todos os que subsistirem às provas que se acham diante de nós serão participantes da natureza divina, tendo escapado -- não participado -- "da corrupção das paixões que há no mundo". 2 Pedro 1:4. TCS 87 3 Fonte de poder espiritual -- Não são discernidas nem pela metade as obras de Satanás, porque a pureza e a santidade não assinalam a vida e o caráter daqueles que professam ser ministros de Cristo. Fortalecidos com todo o poder, de acordo com Seu glorioso poder, nós nos tornamos fortes contra as tentações de Satanás. Cristo, Sua pureza e incontaminados encantos devem constituir a contemplação da alma. Existe poder espiritual para todos, do qual poderão dispor se o desejarem, que os habilitará a vencerem a tentação, para cumprirem o dever e manterem a alma firmemente apegada à integridade. Os que sentem sua necessidade de fortalecimento pelo poder do Espírito de Deus no homem interior, não perderão a integridade. Sincera oração e vigilância a este respeito os fará vencer a tentação. Temos de estar unidos a Cristo através de fé viva. TCS 88 1 Semelhantes a Cristo no caráter -- Achamo-nos agora entre os perigos dos últimos dias. Satanás desceu com grande poder para efetuar seus enganos. Ele volta a atenção da mente ou pensamentos para coisas impuras e ilícitas. Os cristãos tornam-se semelhantes a Cristo em caráter pela contemplação do modelo divino. Aquilo com que entram em contato exerce uma influência modeladora sobre a vida e o caráter. TCS 88 2 Li a respeito de um pintor que nunca contemplava uma pintura imperfeita, nem por um momento sequer, temendo que ela tivesse influência danificadora sobre os próprios olhos e conceitos. Aquilo que permitimos que nossos olhos contemplem com mais freqüência, e acerca do que mais pensamos, transfere-se em grande parte para nós. O pensamento que é treinado a demorar-se em Deus e Sua amabilidade, não encontrará deleite em demorar-se em cenas criadas pela imaginação excitada pela paixão. ... TCS 88 3 A infernal sabedoria de Satanás -- Satanás está agora atuando tanto quanto esteve no Éden, e assim tem agido através de todas as sucessivas gerações. O arquienganador bem sabe com que material precisa lidar. Conhece os pontos fracos de cada caráter, e se tais pontos não forem fortalecidos, aplicará sua infernal sabedoria em seus artifícios, de modo a derrotar os mais fortes homens, príncipes do exército de Israel. Através de sucessivas gerações temos contemplado naufrágios de caráter, cuja destruição aconteceu porque a alma não foi fortalecida. Agora, ao nos aproximarmos do fim do tempo, Satanás agirá com maestria em suas atividades para minar o princípio e corromper o caráter moral. TCS 88 4 O pecado é cometido por muitos que pensam estar o seu crime devidamente oculto. Existe, porém, Aquele que diz: "Conheço as tuas obras" (Apocalipse 3:15); "nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido". Mateus 10:26. Quando é permitida à mente se entusiasmar com a idéia do pecado, serão cometidos enganos; mentiras proferidas; e os que cometem tais pecados mentirão com facilidade. Mas todo pecado será revelado. TCS 89 1 Não há pecados ocultos diante de Deus -- Deus vê o pecador. O olho que jamais dormita conhece tudo quanto é praticado. Tudo se encontra escrito em Seu livro. Alguém pode ocultar seu pecado do pai, da mãe, da esposa e de amigos, mas tudo está patente diante de Deus e anotado em Seu livro de registros. ... TCS 89 2 Davi foi um homem que se arrependeu mas, a despeito de haver confessado o seu pecado e de odiá-lo, não era capaz de esquecê-lo. TCS 89 3 Ele exclamou: "Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a Tua mão. ... Até as próprias trevas não Te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa." Salmos 139:7-12. TCS 89 4 Deus está em toda parte. Vê e conhece todas as coisas, e sabe das intenções e propósitos do coração. É vão tentar esconder o pecado da observação divina. Ele viu nossos primeiros pais no Éden. Viu quando Caim ergueu a mão para matar Abel. Viu os pecados dos habitantes do mundo antigo, contou os seus dias e os puniu com o dilúvio. Viu os pecados do povo de Seu concerto, os judeus, quando estes conspiraram contra a vida do Filho de Deus. TCS 89 5 O livro divino de memórias -- Certamente Ele anota cada transgressão, e todas as coisas secretas serão trazidas a juízo. Podem elas permanecer fora das vistas do homem mortal, podem ser escondidas dos bons, puros e santos, dos amigos e dos adversários; mas Deus as vê. Todos os pecados serão revelados no dia do juízo, e a menos que deles tenha havido arrependimento anterior, receberão castigo de acordo com sua magnitude, pois um registro de todos os feitos humanos é mantido no livro divino de memórias. Todas as boas e más ações da vida encontram-se ali registradas. TCS 90 1 O fato de que os pecados acumulados se encontram como que entesourados e finalmente serão expostos é algo terrível; por que os professos filhos e filhas de Deus se arriscam, em face da luz e do conhecimento que possuem, a pecar contra sua consciência e, através de seus pecados, envolverem outros na mesma ruína -- isto é um mistério! Porventura experimentaram alguma vez o sabor do mundo vindouro? Terão realmente desfrutado da doce comunhão com Deus? Como podem, neste caso, volver-se a práticas sensuais, reprováveis e degradantes? TCS 90 2 As revelações do dia de Deus -- O grande dia final está muito próximo. Consideremos que Satanás se acha agora lutando por obter o controle sobre os seres humanos. Está praticando o jogo da vida por nossa alma. Vocês cometerão pecados nas fronteiras da Canaã celestial? Oh, que revelações! O esposo tomará ciência, pela primeira vez, dos enganos e falsidades praticados pela esposa que ele considerava inocente e pura. A esposa pela primeira vez saberá do caso de seu marido, e os parentes e amigos perceberão quanto erro, falsidade e corrupção os esteve cercando; pois os segredos de todos os corações estarão plenamente expostos. A hora do julgamento é quase chegada -- já por longo tempo adiada em virtude da bondade e misericórdia de Deus. Entretanto, a trombeta de Deus soará, para consternação dos vivos não preparados e ressurreição das pálidas nações dos mortos. Aparecerá o grande trono branco, e todos os justos mortos despertarão para a imortalidade. TCS 90 3 Quaisquer que tenham sido os pecadinhos acariciados, [eles] arruinarão a alma, a menos que hajam sido vencidos. Os pecados pequenos darão lugar a pecados maiores. Pensamentos impuros, ações secretas impuras, práticas e pensamentos não refinados, baixos e sensuais, na vida matrimonial, o haver dado rédeas soltas às baixas paixões sob os votos matrimoniais, conduzirão a outros pecados e à transgressão de todos os mandamentos de Deus. TCS 91 1 Crescimento tirânico da fraqueza humana -- Homens aos quais Deus concedeu nobres talentos, a menos que se encontrem em íntima ligação com Ele, serão achados culpados de grande fraqueza e, não possuindo a graça de Cristo na alma, vincular-se-ão a graves crimes. Assim ocorrerá porque não tornam a verdade de Deus uma parte de si mesmos. Sua disciplina tem sido deficiente; o cultivo da alma não foi levado avante passo a passo; as tendências naturais não têm sido restringidas, mas têm degradado a alma. Para todas as fraquezas naturais Jesus estabeleceu amplas provisões, para que por intermédio de Sua graça pudessem ser vencidas. Caso contrário, a fraqueza se tornará um tirano, um conquistador que os vencerá, e a luz celestial será encoberta por nuvens e se extinguirá. TCS 91 2 Grandeza intelectual insuficiente -- Sinto-me compelida a escrever com muita franqueza a respeito deste ponto porque sei do perigo que está sobre nós. Da história passada temos exemplos dos mais dolorosos, mostrando o perigo de os homens que se encontram em elevadas posições se tornarem corruptos. Homens de mente magistral, possuidores de amplos talentos de influência, que não colocaram sua confiança inteiramente em Deus, mas permitiram serem louvados, adulados e elogiados pelos maiorais do mundo, perderam o equilíbrio e pensaram que os pecados dos grandes homens não eram vícios. A orientação celestial os abandonou e sua rota rapidamente se dirigiu para baixo, para a corrupção e perdição. Perderam inteiramente o correto padrão de honra, deixaram de ver qualquer distinção entre o certo e o errado, entre o pecado e a justiça. Existem no caráter luzes e sombras, e uma delas certamente triunfará. TCS 92 1 Deus, nos Céus, está pesando o valor moral. Julgará com retidão. Os ímpios não permanecerão impunes para sempre. Coisa alguma, exceto a graça e a verdade trazidas para o íntimo da vida, e entretecidas no caráter, será suficiente para edificar moralmente os maiores e mais talentosos homens. Pudesse a grandeza intelectual ser suficiente, o caráter de tais pessoas teria sido firme como rocha. Mas lhes era necessário caráter virtuoso. Paulo disse: "Pela graça de Deus, sou o que sou." 1 Coríntios 15:10. O povo de Deus precisa erguer-se, cingindo-se com toda a armadura da justiça. -- The Review and Herald, 24 de Maio de 1887. TCS 92 2 Razões do fracasso de Israel -- Muitos do antigo Israel caíram quando já se podia ver a terra prometida. Qual foi o seu pecado? Licenciosidade. E essas paixões não santificadas do coração acham-se controlando com dominante poder a muitos que professam ser seguidores de Cristo. As palavras e ações de muitos que conhecem a verdade são corruptas. Eles possuem capacidade de raciocínio e compreendem a verdade, mas não foram inteiramente convertidos; não sentiram o salvador poder da verdade atuando em seu coração. Não conservam a Cristo como hóspede de honra em sua casa. A satisfação sensual está a corroer o homem todo, enodoando e corrompendo a família inteira. ... A pureza e santidade do relacionamento matrimonial instituído no Éden a fim de ser conservado santo e elevado, são levadas ao baixo nível da paixão. -- Manuscrito 31, 1885. TCS 92 3 Davi afasta-se da luz -- Deus escolheu Davi, um humilde pastor, para governar Seu povo. Ele era rigoroso em todas as cerimônias relacionadas com a religião judaica, e distinguia-se por sua intrepidez e inabalável confiança em Deus. Era notável por sua fidelidade e reverência. Sua firmeza, humildade, amor à justiça e decisão de caráter o habilitaram a cumprir os elevados desígnios de Deus, a instruir Israel em suas devoções e a governá-lo como rei generoso e sábio. TCS 93 1 Seu caráter religioso era sincero e fervoroso. Foi enquanto Davi era assim leal a Deus e possuía esses elevados traços de caráter, que Deus o chamou de homem segundo Seu coração. Quando elevado ao trono, sua conduta geral se encontrava em marcante contraste com a dos reis de outras nações. Ele aborrecia a idolatria e mantinha zelosamente o povo de Israel afastado da sedução idólatra das nações circunvizinhas. Foi, portanto, grandemente honrado e estimado por seu povo. TCS 93 2 Muitas vezes ele batalhou e foi vencedor. Cresceu em riqueza e dignidade. Sua prosperidade, porém, exerceu influência para afastá-lo de Deus. Enfrentou muitas e fortes tentações. TCS 93 3 Triste resultado da poligamia -- Finalmente ele caiu na prática comum dos reis que se achavam à sua volta, a de ter uma pluralidade de esposas, e sua vida foi amargurada pelos maus resultados da poligamia. Seu primeiro erro foi tomar para si mais de uma esposa, desviando-se, desta forma, dos sábios arranjos divinos. Esse afastamento do que é correto preparou o caminho para erros mais graves. Os reis das nações idólatras consideravam ser um acréscimo à sua honra e dignidade o possuir muitas mulheres, e Davi chegou a crer que seu trono seria honrado ao possuir ele várias esposas. Entretanto, foi-lhe dado observar os desastrosos males de tal conduta, pela infeliz discórdia, rivalidade e ciúmes entre suas numerosas esposas e filhos. TCS 93 4 O arrependimento de Davi -- Seu crime no caso de Urias e Bate-Seba foi hediondo à vista de Deus. O Deus justo e imparcial não sancionou nem desculpou estes pecados de Davi, enviando antes uma reprovação e pesada denúncia por intermédio de Natã, Seu profeta, as quais retratam em cores bem vivas a cruel ofensa. Davi havia ficado cego ao seu espantoso afastamento de Deus. Desculpara sua pecaminosa conduta a ponto de tais caminhos parecerem aceitáveis aos próprios olhos. Um passo errado preparou o caminho para o próximo, até que seus pecados exigiram a reprovação de Jeová através de Natã. TCS 94 1 Davi desperta como que de um sonho. Sente a enormidade de seu pecado. Não procura desculpar sua conduta ou dissimular seu pecado, como fez Saul; antes, com remorso e sincera tristeza, inclina a cabeça diante do profeta de Deus e reconhece sua culpa. Natã afirma a Davi que, em virtude de seu arrependimento e humilde confissão, Deus lhe perdoará o pecado e afastará uma parte da anunciada calamidade, poupando-lhe a vida. TCS 94 2 Transgressão e punição -- Contudo, ele teria de ser punido, pois oferecera aos inimigos do Senhor grande motivo para blasfemar. Tal motivo tem sido aproveitado pelos inimigos de Deus, desde a época de Davi até hoje. Céticos têm atacado o cristianismo e ridicularizado a Bíblia, porque Davi lhes ofereceu tal oportunidade. Eles têm apresentado aos cristãos o caso de Davi -- seu pecado no caso de Urias e Bate-Seba, e sua poligamia -- e então destacado que Davi foi um homem segundo o coração de Deus; afirmam que, se a Bíblia está correta, Deus justificou a Davi em seus crimes. TCS 94 3 Foi-me mostrado que Deus identificou a Davi como homem segundo o Seu coração, enquanto ele era puro e andava nos caminhos e conselhos do Senhor. Quando Davi se afastou de Deus, maculando o virtuoso caráter com seus crimes, não foi mais considerado um homem segundo o coração de Deus. Deus não justificou de maneira alguma os pecados dele, antes enviou Natã, Seu profeta, com terríveis denúncias contra Davi, pois este transgredira os mandamentos do Senhor. TCS 94 4 Deus demonstrou o desprazer que sentia diante da pluralidade de esposas de Davi, ao visitá-lo com Seus juízos e permitir que os males se erguessem contra ele do interior de sua própria casa. A terrível calamidade que Deus permitiu sobreviesse a Davi, que outrora fora identificado como homem segundo o coração de Deus em virtude de sua integridade, é uma evidência para as gerações posteriores de que Deus jamais justificará a quem quer que transgrida Seus mandamentos; mas que certamente punirá o culpado, não importando quão justo e favorecido por Deus tenha sido enquanto com pureza de coração seguia ao Senhor. Quando o justo se afasta de sua retidão para contemplar a maldade, seu passado de retidão não o salvará da ira de um Deus justo e santo. TCS 95 1 Os pecados dos santos na Bíblia -- Homens de liderança na história bíblica pecaram gravemente. Tais erros não foram ocultados, mas registrados com fidelidade na história da igreja de Deus, inclusive quanto à punição divina que se seguiu a tais ofensas. Tais registros foram feitos para benefício das gerações subseqüentes, e devem inspirar confiança na fidelidade histórica da Palavra de Deus. Homens que desejam duvidar do Senhor, do cristianismo e da Palavra de Deus, não julgarão de modo franco e imparcial, antes terão mente preconceituosa com a qual vasculharão a vida e o caráter para detectar todos os defeitos na existência daqueles que foram os mais eminentes líderes de Israel. TCS 95 2 Deus providenciou para que a história inspirada apresentasse um fiel esboço do caráter dos melhores e mais importantes homens daqueles dias. Eram homens mortais, sujeitos a um diabo tentador. As fraquezas e pecados deles não foram ocultados, antes registrados fielmente, juntamente com a reprovação e punição conseqüentes. "Estas coisas... foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." 1 Coríntios 10:11. TCS 95 3 Deus não permitiu que em Sua Palavra fosse dita muita coisa para exaltar às virtudes dos melhores homens que viveram na Terra. Todas as suas vitórias e grandes e boas obras foram atribuídas a Deus. Somente Ele devia receber a glória. Tão-somente devia Ele ser exaltado. Ele era tudo em todos. O homem era apenas um agente, um frágil instrumento, em Suas mãos. O poder e a excelência eram totalmente de Deus. Deus via no homem uma contínua propensão a afastar-se dEle e dEle se esquecer, dedicando-se a adorar a criatura em lugar do Criador. Portanto, o Senhor não tolerou que nas páginas da história sagrada fosse dito muito em louvor do homem. TCS 96 1 Os Salmos penitenciais -- Davi arrependeu-se de seu pecado, "no pó e na cinza". Jó 42:6. Ele buscou o perdão divino e não ocultou seu arrependimento dos grandes homens, e nem mesmo dos súditos de seu reino. Compôs um salmo penitencial narrando seu pecado e arrependimento, salmo este que ele sabia, seria cantado pelas gerações posteriores. Desejava que outros fossem instruídos pela triste história de sua vida. TCS 96 2 Os cânticos compostos por Davi eram cantados por todo Israel, especialmente na presença da corte em assembléia, e diante de sacerdotes, anciãos e maiorais. Ele sabia que a confissão de sua culpa traria o seu pecado à lembrança de outras gerações. Apresentou o seu caso, revelando em quem repousava sua confiança e esperança de perdão. "Compadece-Te de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade; e, segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado." "Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação." Salmos 51:1, 2, 14. TCS 96 3 Davi não manifestou o espírito de um homem inconverso. Tivesse ele possuído o espírito dos governantes das nações à sua volta, não teria tolerado o quadro de seus crimes, pintado por Natã em suas cores verdadeiramente abomináveis, mas teria tirado a vida do fiel reprovador. Entretanto, a despeito da grandeza de seu trono e de seu ilimitado poder, o humilde reconhecimento de tudo aquilo de que era acusado constitui uma evidência de que ainda temia e tremia diante da Palavra do Senhor. TCS 96 4 Resultados do mau procedimento de Davi -- Davi teve de experimentar amargamente os frutos de seu mau procedimento. Seus filhos praticaram os mesmos pecados dos quais ele se fizera culpado. Amnom cometeu enorme crime. Absalão vingou-se, matando-o. Desta forma o pecado de Davi vinha-lhe continuamente à memória, o que o fez sentir o pleno peso da injustiça cometida contra Urias e Bate-Seba. -- Spiritual Gifts, vol. 4a, p. 85-89. TCS 97 1 Advertências em outros exemplos -- A reprovação de Deus tem sido claramente pronunciada contra homens e mulheres que pecaram corrompendo seu corpo e desonrando sua alma pela licenciosidade. Têm eles as advertências dirigidas a outros que estiveram em idênticas circunstâncias, que foram vencidos pelo tentador, e sabem que eles incorriam no desagrado de Deus. ... Deus tem expressado condenação do pecado em todas as suas formas. O pecado da licenciosidade é censurado e condenado. Homens e mulheres serão julgados segundo a luz que Deus lhes deu. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 437. TCS 97 2 Razão santificada -- Toda paixão profana tem de ser mantida sob o controle de uma razão santificada, mediante a graça concedida abundantemente por Deus, em cada emergência. Não se procure, porém, tomar providências para criar uma emergência, não haja um ato voluntário para colocar alguém numa situação em que ele seja assaltado por tentações ou dê a menor ocasião para outros o julgarem culpado de indiscrição. -- Mente, Caráter e Personalidade 1:237. TCS 97 3 Visão correta do eu à luz da palavra de Deus -- As constantes tentações de Satanás destinam-se a enfraquecer o governo do homem sobre o próprio coração, abalar seu poder de domínio próprio. Ele leva o homem a romper os laços que o ligam ao Criador, em santa e feliz união. Então, uma vez desligado de Deus, a paixão alcança o controle sobre a razão, o impulso sobre os princípios, e ele se torna pecaminoso em pensamento e ação, perverte-se-lhe o juízo, o intelecto parece debilitado, e ele precisa restaurar-se para si mesmo mediante a restauração para com Deus, tendo uma correta visão de si próprio à luz da Palavra de Deus. -- Mente, Caráter e Personalidade 1:228. TCS 98 1 O poder da religião -- Por quais meios reprimirá o jovem suas más propensões e desenvolverá o que é nobre e bom em seu caráter? A vontade, o intelecto e as emoções quando controlados pelo poder da religião serão transformados. "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Aqui está o princípio sob cada ato, pensamento e motivo, caso o ser inteiro se encontre submetido à vontade de Deus. TCS 98 2 A voz e as paixões precisam ser crucificadas. "Tudo posso nAquele que me fortalece." Filipenses 4:13. A vontade, os apetites e paixões clamarão por condescendência, mas Deus implantou dentro de vocês o desejo por propósitos elevados e santos; não é necessário que estes sejam derrotados. Isso ocorre unicamente quando recusamos submeter-nos ao controle da razão e da consciência. Temos de restringir nossas paixões e negar o eu. TCS 98 3 Satanás persegue os jovens -- A mente não santificada falha em receber a força e o conforto providos por Deus para todos os que vêm a Ele. Existe um desassossego, um ardente desejo de algo novo, para satisfazer, agradar e fascinar a mente, e a esta condescendência dá-se o nome de prazer. Satanás dispõe de fascinantes atrações com as quais atrai o interesse e estimula a imaginação dos jovens, segurando-os em sua armadilha. Não construam o caráter sobre a areia. -- Manuscrito 59, 1900. ------------------------Capítulo 12 -- Desrespeito ao sétimo mandamento TCS 98 4 A lei de Deus -- vereda de felicidade -- Antes da destruição do mundo antigo pelo dilúvio, seus habitantes davam livre curso à corrupção. Prevaleciam pecados e crimes de todos os tipos. O estado atual do mundo rapidamente se aproxima do ponto em que Deus dirá, como disse antigamente: "O Meu Espírito não agirá para sempre no homem." Gênesis 6:3. Um dos pecados graves nesta degenerada época de corrupção é o do adultério. Esse vergonhoso pecado é praticado em alarmante extensão. O sábado e o casamento foram instituições ordenadas por Deus no Éden a fim de serem preservadas sagradas e santas. Essas duas instituições, de origem divina, têm sido desrespeitadas e tratadas como nulas por homens e mulheres cujo coração está inteiramente voltado à prática do mal. TCS 99 1 Adultério, um pecado "cristão" -- Houvessem, contudo, os transgressores do sétimo mandamento de ser encontrados unicamente entre os que não professam ser seguidores de Cristo, o mal não alcançaria a décima parte do que hoje representa; mas o crime do adultério é amplamente cometido por professos cristãos. Tanto clérigos quanto leigos, cujos nomes aparecem nos registros eclesiásticos como acima de suspeita, são igualmente culpados. TCS 99 2 Muitos que professam ser ministros de Cristo são semelhantes aos filhos de Eli, que oficiavam em suas sagradas funções e se valiam de seus postos para envolverem-se em crimes e praticarem adultério, levando o povo a transgredir a lei de Deus. Uma terrível prestação de contas terão estes de enfrentar quando todos os casos passarem em revista diante de Deus, e forem julgados de acordo com as obras praticadas no corpo. ... O adultério é um dos terríveis pecados desta época. Ele existe entre professos cristãos de todas as classes. ... TCS 99 3 Os cristãos são chamados a oferecer seu corpo como sacrifício vivo sobre o altar de Deus. "Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça." Romanos 6:12, 13. TCS 99 4 Se os corpos professamente depositados sobre o altar houvessem de ser submetidos a um escrutínio semelhante ao dos sacrifícios judaicos, quão poucos suportariam o teste e seriam declarados perfeitos diante de Deus, preservados em santidade, livres de todo traço de pecado ou poluição! Deus não aceitava sacrifícios imperfeitos. Nenhum sacrifício danificado ou enfermo Lhe seria aceitável. A oferta apresentada a Deus tinha de ser perfeita, sem mácula em qualquer sentido, e valiosa. TCS 100 1 Origem dos atos impuros -- Ninguém pode glorificar a Deus em seu corpo, conforme Ele requer, enquanto vive em transgressão da lei de Deus. Se o corpo viola o sétimo mandamento, isto é feito a partir da imposição da mente. Se esta for impura, o corpo naturalmente se envolverá em atos impuros. É impossível existir pureza na alma de alguém que entrega o corpo à prática de atos impuros. Se o corpo estiver a serviço da sensualidade, a mente não poderá ser mantida consagrada a Deus. Para manter mente santificada, o corpo precisa ser preservado em santificação e honra. Então a mente servirá à lei de Deus e prestará voluntária obediência a todos os seus requisitos. Tal pessoa, à semelhança do apóstolo, sujeitará seus membros como instrumentos de justiça a Deus. ... TCS 100 2 Os pecadores não desfrutam realmente da vida -- Deus fez o homem reto, mas este decaiu e degradou-se, pelo fato de recusar-se a prestar obediência aos sagrados reclamos que a lei de Deus tem sobre ele. Todas as paixões do homem, se corretamente controladas e adequadamente direcionadas, contribuirão para sua saúde física e moral, assegurando-lhe grande felicidade. O adúltero, o fornicador e o incontinente não desfrutam da vida. Não pode existir verdadeira alegria para o transgressor da lei divina. O Senhor sabia disso, por conseguinte restringiu o homem. Ele dirige, ordena e positivamente proíbe. ... O Senhor bem sabia que a felicidade de Seus filhos depende da submissão à Sua autoridade, e de viver em obediência à Sua santa, justa e boa regra de governo. TCS 100 3 Pensamentos e ações expostos diante de Deus -- O homem pode dissimular os fatos e ocultar que está praticando adultério; ainda assim Deus tem Seus olhos postos sobre ele. Deus o observa. Não é possível ao homem esconder dEle os seus crimes. Pode até mesmo conduzir-se de forma aparentemente correta diante da família e da comunidade, sendo considerado como um bom homem. Haverá, porém, de enganar a si mesmo, pensando que o Altíssimo não conhece todas as coisas? TCS 101 1 O homem está expondo sua corrupção diante da Majestade do Céu. Aquele que é alto e sublime, e do brilho de cuja glória se enche o templo, vê e conhece até mesmo os pensamentos e propósitos do coração do transgressor que a si mesmo se corrompe diante da vista de anjos puros e sem pecado, que registram todos os atos dos filhos dos homens. Seu pecado não só é visto, como também é anotado pelo anjo relator. TCS 101 2 Poderá o transgressor da lei de Deus ficar algum tempo sem ser exposto; mais cedo ou mais tarde, entretanto, descobrir-se-á apanhado, exposto e condenado. Qualquer que ouse violar a lei de Deus, experimentará por si mesmo que "o caminho dos perversos os faz errar". Provérbios 12:26. -- The Review and Herald, 8 de Março de 1870. TCS 101 3 Deus tudo vê -- Se acalentássemos uma impressão habitual de que Deus vê e ouve tudo que fazemos e dizemos, e conserva um fiel registro de nossas palavras e ações, e de que devemos defrontar tudo isto, teríamos receio de pecar. Lembrem-se sempre os jovens de que, onde quer que estejam e o que quer que façam, acham-se na presença de Deus. Parte alguma de nossa conduta escapa à observação. Não podemos ocultar nossos caminhos ao Altíssimo. TCS 101 4 As leis humanas, embora algumas vezes severas, são muitas vezes transgredidas sem que isso seja descoberto, e, portanto, impunemente. Não é assim, porém, com a lei de Deus. A mais escura meia-noite não é uma cobertura para o criminoso. Ele pode julgar-se só, mas para cada ação há uma testemunha invisível. Os próprios motivos de seu coração estão patentes à inspeção divina. Cada ato, cada palavra, cada pensamento, é tão distintamente notado como se apenas houvesse uma pessoa no mundo inteiro, e a atenção do Céu nela estivesse centralizada. -- Patriarcas e Profetas, 217, 218. TCS 102 1 Professos observadores dos mandamentos são culpados -- Mesmo alguns que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as amortecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente observados, tornam-se a única salvaguarda do ser humano. -- Testemunhos para a Igreja 2:352. TCS 102 2 Quanto maior o conhecimento, maior o pecado -- Nem todos os que professam guardar os mandamentos de Deus mantêm seu corpo em santificação e honra. A mais solene mensagem já entregue a mortais foi confiada a este povo, e eles poderão exercer uma poderosa influência caso sejam por ela santificados. Eles professam estar em pé sobre a elevada plataforma da verdade eterna, guardando todos os mandamentos de Deus; por isso, se condescenderem com o pecado, se cometerem fornicação e adultério, seu crime é de magnitude dez vezes maior do que o das classes que mencionei, que não reconhecem a lei de Deus como obrigatória. Num sentido especial os que professam guardar a lei de Deus O desonram, e desacreditam a verdade quebrantando-lhe os preceitos. TCS 102 3 O triste exemplo de Israel -- Foi o predomínio deste pecado, a fornicação, entre o Israel antigo, que trouxe sobre eles a assinalada manifestação do desagrado de Deus. Seus juízos então lhes seguiram de perto o pecado hediondo; milhares tombaram, e seus corpos contaminados foram deixados no deserto. ... TCS 102 4 "Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:11, 12. Acima de todos os outros povos no mundo, os adventistas do sétimo dia devem ser modelos de piedade, santos no coração e em suas conversações. -- Testemunhos para a Igreja 2:450, 451. ------------------------Capítulo 13 -- Lidando com sugestões e pensamentos impuros TCS 103 1 Necessidade de clara visão espiritual -- Jamais houve um tempo em que os cristãos, homens e mulheres de todas as classes, tivessem tão grande necessidade de clara visão espiritual como agora. Não é seguro perder a Cristo de vista um só momento. Seus seguidores precisam orar, crer e amá-Lo fervorosamente. TCS 103 2 Um trabalho muito radical precisa ser feito no sentido de limpar o templo da alma de sua natural depravação. O cristão precisa estar plenamente desperto a fim de resistir ao crescente espírito de licenciosidade que se observa entre os que afirmam estar santificados. Quando nosso coração está limpo, lavado e tornado branco pelo sangue do Cordeiro, desenvolver-se-á em nós a obra delineada na maravilhosa oração de Cristo: "E a favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade." João 17:19. TCS 103 3 O que será dito do homem que foi grandemente abençoado como ensinador da justiça, mas que em tempo de tentação é induzido a seguir um caminho pecaminoso? Satanás, na forma de anjo de luz, dele se aproximou, como de Cristo no deserto da tentação, obtendo sobre ele a vitória. ... TCS 103 4 Satanás disfarçado em anjo de luz -- Os que receberam mais luz, é que Satanás busca mais assiduamente apanhar. Ele sabe que, se conseguir enganá-los, sob o seu domínio, eles revestirão o pecado com trajes de justiça, levando muitos a desviarem-se. Digo a todos: Estejam de sobreaviso, pois, como anjo de luz, Satanás está percorrendo todas as reuniões de obreiros cristãos, e em cada igreja procura ganhar para seu lado os membros. É-me ordenado dar ao povo de Deus a advertência: "Não erreis; Deus não Se deixa escarnecer." Gálatas 6:7. -- The Review and Herald, 14 de Maio de 1908. TCS 104 1 A maldição da transgressão -- Oh, que homens e mulheres considerem e perguntem o que se pode ganhar com a transgressão da lei de Deus! Em todos os tempos e lugares, sob toda e qualquer circunstância, a transgressão constitui um terrível equívoco, uma desonra a Deus e maldição ao homem. Assim a devemos considerar, por lindo que seja seu disfarce e seja quem for que a pratique. Como embaixadora de Cristo, eu lhes rogo, a vocês que professam a verdade presente, que aborreçam prontamente qualquer aproximação da impureza, e que abandonem a companhia dos que insinuam ou respiram sugestões impuras. Abominem com o mais intenso ódio esses pecados corruptores. Fujam daqueles que, mesmo em conversação, permitem que a mente siga semelhante rumo, pois "a boca fala do que está cheio o coração". Mateus 12:34. Evitem a esses como o fariam com a lepra. TCS 104 2 Convoco todos aqueles que tiveram confiança nesses pretensiosos cuja vida não é elevada, e cuja conversação não é pura, a medi-los de acordo com a regra do evangelho: "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva." Isaías 8:20. Permitam que o espelho da Palavra de Deus reflita sobre eles e percebam os, defeitos de seu caráter moral. TCS 104 3 Caráter ofensivo do pecado -- Vivemos em uma época do mundo em que existe um poder fascinante, hipnótico, em toda esta classe que se compraz no pecado, secretamente insinuando pensamentos impuros e vindo como anjos de luz, quando na realidade são servos do pecado. Eles não sentem o ofensivo caráter do pecado ou a retribuidora justiça de Deus, que haverá de cair sobre o pecador. Tremo por aqueles que não estão inteiramente em guarda, e que se encontram sob perigo de engano e corrupção. Como serva de Jesus Cristo advirto-os a evitar a companhia desta classe. Não permitam que entrem nas casas de vocês, nem lhes desejem boa sorte. Separem-se de sua companhia, pois eles corrompem a própria atmosfera que vocês respiram. ... TCS 105 1 Assim como Moisés convocou o povo de Israel a afastar-se das tendas de Coré, Datã e Abirão, devemos chamar a todos que se afastem destes homens corruptos, deixando-os a sofrer a desgraça e punição por seus crimes. TCS 105 2 Satanás em forma de homem -- Sendo que Deus me mostrou quão abjetos são à Sua vista estes pecados corruptores, e como no mundo estão aumentando constantemente e introduzindo-se em nossas igrejas, eu os advirto a que não dêem lugar ao diabo. Afastem-se do sedutor. Embora seja um pastor, ele é Satanás em forma de homem. Tomou emprestadas as vestes do Céu, para melhor poder servir a seu senhor e enganar almas. Vocês não devem nem por um momento dar guarida a uma sugestão impura, dissimulada. Nada de condescendência. Reprimam tais pessoas. Não se associem com elas, nem mesmo para comer [com elas]. Não tenham qualquer complacência com as palavras que manchariam a pureza da alma de vocês. Até mesmo o escutar uma sugestão impura macula a alma, assim como a água imunda, impura, contamina o canal pelo qual passa. TCS 105 3 Claro como a luz do sol -- Prefiram a pobreza, a ignomínia, a separação dos amigos ou qualquer outro sofrimento, a mancharem sua vida com o pecado. Antes a morte que a desonra ou a transgressão da lei de Deus -- esse deve ser o lema de cada cristão. Como um povo que professa ser reformador, de posse das mais sagradas, solenes e purificadoras verdades da Palavra de Deus, devemos elevar a norma, muito mais do que está acontecendo agora. Deve-se tratar prontamente com o pecado e os pecadores na igreja, para que outros temam a Deus. A verdade e a pureza exigem que façamos uma obra completa para purificar o acampamento de Acãs. TCS 105 4 Que os que ocupam posições de responsabilidade não sofram pecado num irmão. Mostrem-lhe que ele, ou deixa o seu pecado, ou é separado da igreja. Quando os membros individuais da igreja agirem como verdadeiros seguidores do manso e humilde Salvador, haverá menos empenho em encobrir e desculpar o pecado. Todos se esforçarão por agir como estando na presença de Deus. Reconhecerão que os olhos de Deus estão sempre sobre eles, e que o mais secreto pensamento Lhe é conhecido. O caráter, os motivos, os desejos e propósitos são claros como a luz do sol aos olhos do Onisciente. TCS 106 1 Perigo da condescendência com o pecado -- A grande maioria das pessoas não conserva isso em mente porque não cultivam a espiritualidade e nem provam seu caráter pelos padrões divinos quanto àquilo que é correto. Não preservam constantemente na memória que terrível conta terá de ser prestada no tribunal de Deus por todos os transgressores de Sua lei. A vida precisa ser organizada e moldada como à vista do grande Capataz. Poderão vocês, que professam haver recebido tão grande luz, antes de qualquer outro povo sobre a Terra, contentar-se com um padrão baixo? TCS 106 2 Oh, quão fervorosa e constantemente devemos buscar a Presença Divina, para que haja não somente uma profissão de fé, mas o reconhecimento da solene verdade de que está às portas o fim de todas as coisas e que o Juiz de toda a Terra está prestes a vir! Como podem vocês desconsiderar Seus justos e santos requisitos? Como são capazes de transgredi-los na própria presença de Jeová? Seguirão uma conduta pecaminosa mesmo conhecendo plenamente as conseqüências? Poderão acariciar pensamentos não santificados e degradantes paixões à plena vista dos puros anjos e do Redentor, que Se entregou a Si mesmo por vocês para os redimir "de toda iniqüidade, e purificar, para Si mesmo, um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras"? Tito 2:14. Poderíamos nós ser considerados inculpáveis enquanto acariciamos o pecado à vista de Deus? Quando vocês contemplam o assunto à luz que brilha da cruz de Cristo, não lhes parece o pecado algo demasiado mesquinho, excessivamente perigoso e muito amedrontador, para com ele condescender? TCS 107 1 Imaculados e incontaminados até o fim -- Corrupções pecaminosas! Quão pecaminosas em todos os tempos, mas muito mais agora, ao nos encontrarmos no próprio limiar do mundo eterno! Falo ao meu povo. Se vocês se aproximarem de Jesus e procurarem honrar a sua profissão de fé mediante uma vida bem-ordenada e conversação santa, seus pés serão guardados de se desviarem para caminhos proibidos. Se tão-somente vigiarem continuamente em oração; se fizerem tudo como se estivessem na presença imediata de Deus, estarão livres de ceder à tentação e poderão esperar ser conservados puros, imaculados e incontaminados até o fim. TCS 107 2 Se retiverem "firmemente o princípio da" sua "confiança até ao fim" (Hebreus 3:14), todos os seus caminhos serão estabelecidos em Deus, e aquilo que a graça começou, a glória coroará no reino de nosso Deus. "O fruto do espírito é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei." Gálatas 5:22, 23. Se Cristo estiver em nós, crucificaremos a carne com suas afeições e concupiscências. -- Manuscrito 9, 1880. TCS 107 3 Purificando o coração -- Ao aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal, o ser humano é levado à mesma íntima relação com Deus e desfruta de Seu especial favor, como ocorre com Seu amado Filho. Torna-se honrado, glorificado e intimamente associado com Deus; sua vida "escondida com Cristo em Deus". Colossences 3:3. Oh, quanto amor, quão admirável amor! TCS 107 4 Este é meu ensino sobre pureza moral. Revelar o negror da impureza não terá metade da eficácia para desarraigar o pecado, do que a apresentação desses assuntos grandiosos e enobrecedores. O Senhor não concedeu às mulheres uma mensagem para provocar os homens e acusá-los por sua impureza e imoderação. Isto criaria a sensualidade em vez de erradicá-la. A Bíblia, e somente a Bíblia, tem apresentado as verdadeiras lições sobre pureza. Portanto, preguem a Palavra. TCS 108 1 Cristo, a propiciação pelo pecado -- Tal é a graça de Deus, tal o amor com que nos amou -- mesmo quando estávamos mortos em transgressões e pecados, "inimigos no entendimento pelas... más obras" (Colossences 1:21), servindo a variadas paixões e prazeres, escravos dos baixos apetites e paixões, servos do pecado e de Satanás. Quanta profundeza de amor é manifestada em Cristo, ao tornar-Se Ele a propiciação pelos nossos pecados! Pelo ministério do Santo Espírito, as pessoas são levadas a encontrar perdão dos pecados. TCS 108 2 A pureza e santidade da vida de Jesus, conforme apresentada na Palavra de Deus, possui mais poder para reformar e transformar o caráter do que todos os esforços empreendidos para descrever pecados e crimes de homens e seus infalíveis resultados. Olhar firmemente para o Salvador erguido na cruz fará mais para purificar a mente e o coração de toda contaminação, do que todas as explanações científicas pela língua mais hábil. TCS 108 3 Perdão junto à cruz -- Diante da cruz o pecador percebe sua dessemelhança do caráter de Cristo. Vê as terríveis conseqüências da transgressão; odeia o pecado que praticou e se apega a Jesus com viva fé. Julgou sua condição de impureza à luz da presença de Deus e dos seres celestiais. Mediu-a pelo padrão da cruz. Pesou-a nas balanças do santuário. A pureza de Cristo lhe revelou a própria impureza em suas odiosas cores. Ele se afasta do pecado que corrompe; olha para Jesus, e vive. TCS 108 4 Ele encontra um caráter todo-absorvente, dominante e atrativo em Jesus Cristo, Aquele que morreu para livrá-lo da deformidade do pecado, e, com lábios trementes e olhos mareados de lágrimas, declara: "Ele não terá morrido em vão por mim." -- Carta 102, 1894. ------------------------Capítulo 14 -- Excessos sexuais no casamento TCS 109 1 Não é recomendada abstinência sexual no casamento -- Meu prezado irmão: Desejo apresentar-lhe algumas coisas concernentes aos perigos que ameaçam a obra no tempo atual. A obra de Anna Phillips não traz a assinatura do Céu. Sei do que estou falando. Em nossa primeira experiência, no início desta causa, tivemos de enfrentar manifestações similares. Muitas de tais revelações foram apresentadas, e tivemos uma tarefa muito desagradável ao enfrentar esse elemento e não lhe dar lugar. Algumas coisas apresentadas nessas revelações se cumpriram, e isso levou alguns a aceitá-las como genuínas. TCS 109 2 Jovens solteiras teriam uma mensagem a homens casados, e em palavras nada delicadas lhes lançariam em face os abusos dos privilégios conjugais. A pureza foi o foco das mensagens apresentadas, e por algum tempo tudo parecia estar alcançando um elevado estado de pureza e santidade. Mas a essência desses assuntos me foi exposta. Foi-me revelado qual seria o resultado de tais ensinamentos. TCS 110 1 Os que se empenharam nesta obra não faziam parte de uma classe superficial e imoral, antes haviam sido contados entre os mais devotados obreiros. Satanás percebeu a vantagem de aproveitar-se da situação e assim desonrar a causa de Deus. Aqueles que se imaginavam aptos a enfrentar praticamente qualquer prova sem excitar suas propensões sensuais, foram vencidos, e muitos homens e mulheres solteiros foram compelidos a se casar. Temo por aqueles que sentem sobre si tamanho fardo no tocante a esse assunto. Satanás age sobre a imaginação, de modo que a impureza, e não a pureza, é o resultado. -- Carta 103, 1894. TCS 110 2 Jesus não impõe o celibato a qualquer classe de homens. Ele veio não para destruir a sagrada relação matrimonial, mas para exaltá-la e restaurá-la a sua santidade original. Ele olha com prazer para a relação de família onde o amor sagrado e altruísta é a força dominante. -- O Lar Adventista, 121. TCS 110 3 O dispêndio de energia vital -- Muitos pais não obtêm o conhecimento que deviam em sua vida matrimonial. Não se colocam em guarda para que Satanás não se aproveite deles, controlando-lhes a mente e a vida. Não percebem que Deus requer que eles controlem sua vida conjugal, evitando qualquer excesso. Pouquíssimos, porém, reconhecem ser um dever religioso governar as próprias paixões. Uniram-se em casamento ao objeto de sua escolha, e assim raciocinam que o casamento santifica a condescendência com as paixões inferiores. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédeas soltas a suas paixões sensuais, e se esquecem de que Deus os considera responsáveis pelo dispêndio de energia vital que lhes enfraquece o suporte da vida e lhes debilita todo o organismo. TCS 110 4 Excessiva condescendência sexual -- O concerto matrimonial encobre pecados dos mais tenebrosos. Homens e mulheres que professam piedade desonram o próprio corpo através da condescendência com paixões corruptas, colocando-se abaixo das criaturas irracionais. Abusam das faculdades que Deus lhes concedeu para serem preservadas em santificação e honra. A saúde e a vida são sacrificadas sobre o altar das paixões inferiores. As mais elevadas e nobres faculdades são postas em sujeição às propensões sensuais. Os que assim pecam não conhecem os resultados de sua conduta. TCS 111 1 Pudessem todos ver a soma de sofrimento que trazem sobre si mesmos por sua pecaminosa condescendência, ficariam alarmados; e alguns, pelo menos, recuariam da senda de pecado que traz tão tremendos resultados. Tão miserável é a existência vivida por uma grande classe, que a morte lhes seria preferível à vida; e muitos morrem prematuramente, sacrificando a existência nessa obra inglória da excessiva condescendência com as paixões sensuais. Todavia por serem casados, julgam não cometer pecado algum. TCS 111 2 Homens e mulheres, um dia vocês aprenderão o que é a concupiscência, e os resultados de satisfazê-la. Pode-se encontrar no casamento paixão de tão baixa qualidade, como fora dele. -- The Review and Herald, 19 de Setembro de 1899. TCS 111 3 Dignidade e auto-respeito da esposa -- Muitos professos cristãos que passaram diante de mim, pareciam destituídos de domínio moral. Tinham mais de animal que de divino. Eram, na verdade, quase simplesmente animais. Homens dessa espécie degradam a esposa a quem prometeram proteger e amar ternamente. Ela é tornada um instrumento a serviço das propensões vis e concupiscentes. E muitas mulheres se submetem a tornar-se escravas de paixão concupiscente; não possuem seu corpo "em santificação e honra". 1 Tessalonicenses 4:4. A esposa não conserva a dignidade e o respeito de si mesma que possuía anteriormente ao casamento. TCS 112 1 Esta santa instituição devia ter preservado e desenvolvido seu respeito feminil e sua santa dignidade; mas sua feminilidade pura, digna, divina, tem sido consumida no altar da vil paixão; é sacrificada a fim de agradar ao marido. Em breve ela perde o respeito por ele, que não considera as leis a que a criação irracional presta obediência. A vida conjugal torna-se jugo mortificante; pois o amor extingue-se e freqüentemente é substituído pela desconfiança, o ciúme e o ódio. TCS 112 2 Desconfiança entre marido e esposa -- Homem algum amará verdadeiramente a sua esposa quando ela se submete pacientemente a tornar-se sua escrava, e servir a suas depravadas paixões. Em sua passiva submissão, ela perde o valor que outrora possuía aos olhos dele. Ele a vê degradada de tudo quanto era elevado, para um baixo nível; e não demora a suspeitar de que ela se submeta com a mesma passividade a ser degradada por outro assim como por ele. Duvida-lhe da constância e pureza, cansa-se dela, e busca novos objetos para despertar e intensificar suas paixões infernais. A lei de Deus não é considerada. ... TCS 112 3 A esposa também passa a sentir ciúmes do marido, e suspeita que, tivesse ele oportunidade, com a mesma prontidão dirigiria a outra, da mesma maneira que a ela, suas atenções amorosas. Percebe que ele não é controlado pela consciência ou pelo temor de Deus; todas essas santificadas barreiras são derribadas pelas paixões concupiscentes; tudo quanto no marido é de natureza divina, torna-se servo da sensualidade baixa e embrutecedora. ... TCS 112 4 Natureza destrutiva do excesso sexual -- Quando a mulher sujeita o corpo e a mente ao domínio do marido, sendo passiva diante da vontade dele em tudo, sacrificando sua consciência, dignidade e mesmo personalidade, perde a oportunidade de exercer aquela poderosa influência que deveria possuir para o bem, a fim de elevar o marido. Ela podia abrandar-lhe a natureza áspera, e sua santificadora influência poderia ser usada de modo a purificar e polir, levando-o a esforçar-se zelosamente por governar as próprias paixões, e ser mais espiritual, para que sejam juntamente participantes da natureza divina, "havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo". 2 Pedro 1:4. TCS 113 1 Grande pode ser o poder da influência no conduzir a mente a assuntos elevados e nobres, acima das baixas condescendências sensuais naturalmente buscadas pelo coração não renovado pela graça. Caso a esposa ache que, a fim de agradar ao marido, deve descer à norma por ele mantida, quando a paixão sensual é a principal base de seu amor e lhe rege as ações, ela desagrada a Deus; pois deixa de exercer uma santificadora influência sobre o marido. Se ela acha dever submeter-se a suas paixões sensuais sem uma palavra de admoestação, não compreende seu dever para com ele e para com o seu Deus. O excesso sexual destruirá com efeito o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a destruir a vitalidade. Mulher alguma deve ajudar o marido nesta obra de autodestruição. Ela não o fará caso esteja esclarecida, e tenha por ele verdadeiro amor. ... TCS 113 2 Preservação da mente e do corpo -- Que os homens e mulheres tementes a Deus despertem para o seu dever. Muitos professos cristãos sofrem de paralisia de nervos e cérebro, devido a sua intemperança neste sentido. Podridão, eis o que se encontra nos ossos e medula de muitos que são considerados homens bons, que oram e choram, e ocupam altas posições, mas cuja carcaça poluída jamais transporá os portais da cidade celestial. TCS 113 3 Oh! se eu pudesse fazer todos compreenderem sua obrigação para com Deus quanto a conservar a estrutura mental e física nas melhores condições, a fim de prestarem serviço perfeito a seu Criador! ... TCS 114 1 Transmissão do vício de pais a filhos -- Desde sua juventude têm enfraquecido o cérebro e debilitado sua constituição em virtude da satisfação dos apetites sensuais. Abnegação e temperança, eis o que devia constituir sua divisa na vida conjugal; então os filhos não serão tão propensos a ter suas faculdades morais e intelectuais enfraquecidas, e as paixões sensuais robustecidas. O vício nos filhos é quase universal. Não haverá uma causa? Quem lhes imprimiu o cunho do caráter? Que o Senhor possa abrir os olhos de todos para verem que se encontram em lugares escorregadios! TCS 114 2 O quadro que me foi apresentado acerca da corrupção de homens e mulheres que professam piedade, fez-me temer que poderia perder totalmente a confiança na humanidade. Vi um terrível estado de paralisia sobre todos. É quase impossível despertar aqueles que deveriam estar acordados, de forma que tivessem uma justa percepção do controle que Satanás está exercendo sobre sua mente. Eles não estão cientes da abundante corrupção que os cerca. Satanás cegou-lhes o entendimento e embalou-os em segurança carnal. TCS 114 3 Os fracassos em nossos esforços para levar outros a compreenderem os grandes perigos que assediam as pessoas, fizeram-me algumas vezes temer que minhas idéias de depravação do coração humano eram exageradas. Mas quando os fatos nos são trazidos mostrando a triste deformidade de quem ousa ministrar coisas sagradas enquanto é corrupto de coração, de alguém cujas mãos manchadas de pecado profanam os vasos do Senhor, fico convencida de não ter retratado o quadro com exageros. -- Testemunhos para a Igreja 2:474-478. TCS 114 4 Abuso dos privilégios sexuais -- Que o esposo e a esposa, em sua vida de casados, se demonstrem uma bênção um ao outro. Considerem o custo de toda condescendência com a intemperança e o sensualismo. Tais condescendências não aumentam o amor, nem enobrecem ou elevam. Aqueles que são condescendentes com a paixão sensual e satisfazem o desejo da carne, seguramente transmitirão a seus descendentes essas práticas degradantes, a baixeza de sua própria corrupção física e moral. -- Manuscrito 3, 1897. TCS 115 1 Ao se levar a excessos aquilo que é permitido, comete-se um grave pecado. -- Testemunhos para a Igreja 4:505. TCS 115 2 Os que professam ser cristãos... devem considerar devidamente o resultado de todo privilégio das relações conjugais, fundamentando cada ação em santificado princípio. -- Testemunhos para a Igreja 2:380. TCS 115 3 Vital importância do bom exemplo -- As paixões sensuais, favorecidas e acariciadas, tornam-se muito fortes nesta época, e seguramente resultarão em indizíveis males no relacionamento matrimonial. Em vez de a mente se desenvolver e ter poder controlador, as propensões sensuais governam sobre as mais elevadas e nobres faculdades, até que estas se sujeitam às tendências sensuais. Quais os resultados? Os delicados órgãos femininos são desgastados e se debilitam; os partos deixam de ser seguros; ocorre abuso dos privilégios sexuais. Os homens estão corrompendo o próprio corpo; e a esposa tem se tornado uma escrava da cama às descontroladas paixões inferiores do marido, até que não haja temor de Deus diante de seus olhos. ... TCS 115 4 Coisa alguma a não ser a verdade de Deus é capaz de tornar o homem sábio para a salvação ou de mantê-lo assim. Se existe uma vida imortal a ser ganha, se um caráter puro e santo precisa ser desenvolvido a fim de obter acesso à presença do Senhor Deus e à sociedade de anjos celestiais, por que os professores, médicos e pregadores não praticam através do exemplo aquilo que ensinam? Por que não são eles mais zelosos pela causa do Mestre? Por que não nutrem um amor ardente pelos pecadores pelos quais Cristo morreu? TCS 116 1 Se o ser humano deve tornar-se imortal, sua mente necessita estar em harmonia com a mente divina. O verdadeiro discípulo da escola de Cristo, cuja mente está em harmonia com a mente de Deus, não apenas estará constantemente aprendendo, mas ensinando tanto quanto aprendendo, sempre refletindo luz, mostrando o caminho para o alto e para longe dos erros comuns e prevalecentes desta geração "má e adúltera". Mateus 16:4. ... TCS 116 2 O cristão precisa estar continuamente observando o Modelo e imitando o santo exemplo de Jesus. Então um espírito correto será infundido na vida e caráter de outros. Fosse Deus buscado diariamente através de humilde e fervorosa prece, em busca de luz e orientação, a conduta individual seria seguramente detectada; práticas e planos não santificados seriam reprimidos, e Jesus Se tornaria a regra da vida. -- Manuscrito 14, 1888. TCS 116 3 Paixões inferiores e mente doentia -- As paixões inferiores devem ser estritamente vigiadas. As faculdades perceptivas são mal empregadas, terrivelmente mal empregadas, quando se permite que as paixões corram desenfreadas. Quando se condescende com as paixões, o sangue em vez de circular por todas as partes do corpo, aliviando assim o coração e desobstruindo a mente, é atraído em quantidade excessiva para os órgãos internos. Como resultado, ocorre a doença. A mente não pode ser saudável, a menos que o mal seja percebido e remediado. -- Manuscrito 24, 1900. TCS 116 4 A condescendência enfraquece as faculdades morais -- Diz Paulo: "Com a mente, sou escravo da lei de Deus." Romanos 7:25. Caso essa mente se torne obscurecida pela condescendência com apetites e paixões sensuais, as faculdades morais se enfraquecerão de modo que o sagrado e o comum serão postos no mesmo nível. -- Mente, Caráter e Personalidade 1:229. ------------------------Capítulo 15 -- Carícias e sexo pré-marital TCS 117 1 Paixão não é amor -- Você tem gastado horas noturnas em companhia dela porque ambos estão apaixonados. Ela afirma que o ama, no entanto não conhece o amor puro de um coração despretensioso. Satanás o enlaçou. Foi-me mostrado que você está fascinado, enganado, e que Satanás se regozija de que alguém que dificilmente possua um traço de caráter que poderia convertê-la numa esposa agradável e tornar um lar feliz, tenha influência sobre você para separá-lo da mãe que o ama com amor constante. Em nome do Senhor, cesse a sua atenção para com Mattie F, ou case-se com ela -- não escandalize a causa de Deus. ... TCS 117 2 A intimidade formada com Mattie não tem a tendência de aproximá-lo do Senhor ou de santificá-lo através da verdade. ... TCS 117 3 Mattie espera consumar o casamento com você e, em virtude de suas atenções para com ela, você a estimulou a isso. Mas, escolherá você esta peça de perversidade como sua esposa, e separará suas afeições de sua mãe e do povo de Deus? ... TCS 117 4 Melhor casar que continuar com atenções impróprias -- Se você persistir na conduta que tem seguido, será muito melhor casar-se com ela, pois o procedimento que vem adotando está em tão direta oposição à vontade de Deus quanto está o casamento. De todas as formas, Satanás conseguirá o seu propósito. Se a atmosfera que a circunda é a mais agradável a você, se ela preenche suas aspirações a respeito de uma esposa que estará na liderança de sua família; se, sob calma avaliação, feita à luz que Deus lhe concedeu, o exemplo dela for digno de imitação, você pode casar-se com ela para estar em sua companhia e ambos se conduzirem de uma forma que apenas esposo e esposa devem adotar um com o outro. Na presente situação, você já causou ruína a si mesmo. Se no decorrer de sua vida você desejar desfrutar da companhia de Mattie como agora parece desfrutar, fascinado por ela, por que não avançar um passo além dos que já foram dados, e tomar-se o protetor legal dela e dispor do inquestionável direito de devotar-lhe as horas que você quiser na companhia dela e ser seduzido por sua presença noite após noite? TCS 118 1 Seus atos e conversações são ofensivos a Deus. Os anjos de Deus mantêm registro de suas palavras e ações. Luz lhe tem sido concedida, mas não tem dado atenção. Sua conduta tem sido uma vergonha à causa de Deus. Seu comportamento é indecoroso e anticristão. Quando cada um deveria estar em sua própria cama, vocês estão na companhia e nos braços um do outro quase a noite inteira. ... Vocês dão ocasião a nossos inimigos para julgarem que nosso povo perdeu seus valores morais. -- Carta 3, 1879. TCS 118 2 Violação do sétimo mandamento -- Foi-me mostrado que você estava em companhia dela [de Mattie] durante as horas noturnas; você sabe muito bem de que forma essas horas foram gastas. Pediu-me para dizer se você havia transgredido os mandamentos de Deus. Pergunto-lhe: Você não os transgrediu? Como foram empregadas as horas que passaram juntos, noite após noite? Foram sua postura, atitude e afeições tais que desejaria fossem registradas no livro do Céu? Vi e ouvi coisas que deixariam os anjos ruborizados. ... Nenhum rapaz deve fazer o que você fez com Mattie, a menos que esteja casado com ela; fiquei muito surpresa ao saber que você não vê este assunto em sua verdadeira luz. ... TCS 119 1 Fará você uma mudança completa, rompendo os últimos laços com Mattie? Fará ela o mesmo de sua parte? Se nenhum de vocês está disposto a isso, case de uma vez com ela e deixem de causar desgraça a si mesmos e à causa de Deus. -- Carta 61, 1880. ------------------------Capítulo 16 -- Homossexualidade TCS 119 2 Impureza sodomita -- Oh, quão desgostoso Se encontra Deus com os esforços débeis, sem vida e sem cristianismo, realizados por alguns que professam ser Seus servos! A obra de Deus precisa ser levada avante com vigor e em sentido ascendente. Isso não será alcançado a menos que a sensualidade que corrompe o ser inteiro seja afastada da experiência religiosa. Tal obra precisa ser empreendida. TCS 119 3 Os membros da igreja necessitam jejuar e orar, lutando sinceramente a fim de se tornarem vencedores pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de Seu testemunho. Nenhuma partícula de impureza sodomita escapará da ira de Deus por ocasião do juízo. Aqueles que não se arrependerem e não abandonarem toda impureza, cairão junto com os ímpios. Os que se tornarem membros da família real e constituírem o reino de Deus na Terra transformada haverão de ser santos, não pecadores. Isaías 30:1-3, 8-16. TCS 119 4 Aqueles que receberam grande luz e não a têm atendido, encontram-se em pior posição do que os que não obtiveram tantas vantagens. Exaltam a si próprios, e não ao Senhor. A punição infligida em cada caso aos seres humanos será proporcional à desonra que trouxeram a Deus. Muitos, em virtude de atitudes de condescendência própria, têm colocado Cristo sob franca vergonha. -- Carta 159, 1901. TCS 120 1 Vis paixões do coração humano -- A condescendência para com coisas contrárias à lei tem-se tornado um poder para depravar a humanidade, enfraquecer a mente e perverter as faculdades. O mesmo estado de coisas observado atualmente existiu antes do dilúvio e antes da destruição de Sodoma. A dissipação é crescente em nosso mundo. Cartazes impressos com gravuras indecentes são expostos nas ruas, a fim de fascinar os olhos e depravar a moral. Estas apresentações são de natureza a despertar as mais vis paixões do coração humano, através de imaginações corruptoras. Por sua vez, imaginações corruptoras são seguidas de práticas depravadoras, tais como as que eram comuns aos habitantes de Sodoma. Mas a parte mais terrível do mal é que é praticado sob o manto da santidade. Nossos jovens serão depravados, os seus pensamentos desprezíveis e sua alma poluída, a menos que se encontrem entrincheirados na verdade. -- Carta 1, 1875. TCS 120 2 Os pecados de Sodoma atualmente -- Não ignoramos que a queda de Sodoma foi motivada pela corrupção de seus habitantes. O profeta especificou aqui [Ezequiel 16:49] os males que, especialmente, levaram à dissolução moral. Vemos exatamente os mesmos pecados presentes hoje no mundo, que fizeram sobrevir a Sodoma a ira de Deus, até sua mais completa destruição. -- S.D.A. Bible Commentary 4:1161. TCS 120 3 Estranho abandono do princípio -- Porventura não existe suficiente evidência a nosso redor, demonstrando os perigos a rondar nossos caminhos? Por toda parte se vêem destroços humanos, altares domésticos quebrados, lares despedaçados. Há um estranho abandono dos princípios, um rebaixamento das normas de moralidade, e rapidamente a Terra está se convertendo em uma Sodoma. As práticas sodomitas, que acarretaram os juízos de Deus sobre o mundo, que o levaram a ser submergido no dilúvio, e que a Sodoma fizeram sobrevir a destruição pelo fogo, rapidamente estão aumentando. Aproximamo-nos do fim. Deus tem por longo tempo suportado a perversidade do ser humano, mas nem por isso seu castigo é menos certo. Que todos os que professam ser a luz do mundo se apartem da iniqüidade. -- The Review and Herald, 10 de Novembro de 1884. TCS 121 1 A impureza acha-se hoje amplamente disseminada, mesmo entre os professos seguidores de Cristo. As paixões correm soltas; as propensões sensuais ganham força pela condescendência, enquanto as faculdades morais se tornam cada vez mais fracas. ... Os pecados que destruíram os antediluvianos e as cidades da planície prevalecem hoje -- não meramente em terras pagãs, não apenas entre populares professos do cristianismo, mas mesmo entre os que afirmam estar aguardando a vinda do Filho do homem. Se Deus lhes apresentasse esses pecados como aparecem a Sua vista, vocês se encheriam de vergonha e terror. -- Testemunhos para a Igreja 5:218. ------------------------Capítulo 17 -- Masturbação TCS 121 2 Capacidade mental e vida espiritual destruídas -- A masturbação destrói as boas resoluções, o esforço fervoroso e a força de vontade para formar um bom caráter religioso. Todos os que têm qualquer verdadeiro senso do que significa ser cristão sabem que os seguidores de Cristo estão na obrigação, como discípulos Seus, de trazerem todas as suas paixões, forças físicas e faculdades mentais, em perfeita subordinação à Sua vontade. Os que são controlados por suas paixões não podem ser seguidores de Cristo. Estão devotados demais ao serviço de seu mestre, o originador de todo o mal, para abandonarem seus hábitos corruptos e escolherem o serviço de Cristo. -- Orientação da Criança, 445, 446. TCS 122 1 Diminuição da energia vital -- A prática de hábitos secretos certamente destrói as forças vitais do organismo. Toda ação vital desnecessária será seguida de correspondente depressão. Entre os jovens, o capital vital, o cérebro, é tão severamente submetido a esforço, em tenra idade, que há uma deficiência e grande exaustão, que deixam o organismo exposto a enfermidades de várias espécies. -- Orientação da Criança, 444. TCS 122 2 Base para várias doenças futuras -- Se a prática é continuada nas idades de quinze anos e daí para cima, o organismo protesta contra o prejuízo já sofrido, e continua a sofrer, e os fará pagar a pena da transgressão de suas leis, especialmente nas idades de trinta a quarenta e cinco anos, por muitas dores no organismo e várias doenças, tais como afecções do fígado e dos pulmões, neuralgia, reumatismo, afecções da espinha, enfermidades nos rins, e tumores cancerosos. Alguns dos delicados mecanismos da natureza cedem, deixando uma tarefa mais pesada para os restantes realizarem, o que desorganiza o delicado organismo, havendo freqüentemente repentina decadência física, cujo resultado é a morte. -- Orientação da Criança, 444. TCS 122 3 Resultados da masturbação -- Pessoas do sexo feminino possuem menos força vital que as do sexo oposto, e são grandemente privadas do tonificante e revigorante ar em virtude de sua vida dentro de casa. Nelas, os resultados da masturbação são observados em várias enfermidades, tais como secreções, hidropisia, dores de cabeça, perda de memória e visão, grande fraqueza nas costas e região lombar, afecções da coluna e em muitos casos decadência mental. O humor canceroso [fluido corporal] que permaneceria inativo em seu organismo durante toda a vida, inflama-se e inicia sua obra devoradora e destrutiva. A mente é muitas vezes arruinada ao extremo, vindo a ocorrer a insanidade. -- Appeal to Mothers, 27. TCS 123 1 Alguém que solicitava orações por cura -- Meu marido e eu assistimos certa vez a uma reunião em que nossas simpatias foram solicitadas para um irmão que sofria grandemente com a tuberculose. Achava-se magro e pálido. Ele pedia as orações do povo de Deus. Disse que a família estava doente, e que perdera um filho. Falava com sentimento acerca dessa perda. Disse que havia tempos esperava poder ver o irmão e a irmã White. Acreditava que, se orassem por ele, seria curado. Terminada a reunião, os irmãos chamaram-nos a atenção para o caso. Disseram que a igreja os estava ajudando, que a esposa estava doente, e lhe morrera o filho. Os irmãos se haviam reunido em sua casa, e orado pela família afligida. Nós estávamos muito fatigados, e tínhamos sobre nós a preocupação do trabalho durante a reunião, e desejávamos ser dispensados. Eu havia resolvido não me empenhar em oração por ninguém, a menos que o Espírito do Senhor assim indicasse. ... TCS 123 2 Curvamo-nos naquela noite em oração e apresentamos seu caso perante o Senhor. Rogamos que pudéssemos conhecer a vontade de Deus a seu respeito. Todo o nosso desejo era que Deus fosse glorificado. Queria o Senhor que orássemos por esse enfermo? Deixamos o caso com o Senhor e recolhemo-nos para descansar. Num sonho, o caso daquele homem me foi claramente apresentado. Foi mostrado o seu procedimento desde a infância, e que, se orássemos, o Senhor não nos ouviria; pois ele atendia à iniqüidade em seu coração. Na manhã seguinte, o homem veio para que orássemos por ele. Nós o tomamos à parte e lhe dissemos que sentíamos ser forçados a recusar o seu pedido. Contei-lhe meu sonho, que ele reconheceu ser verdade. Ele praticava a masturbação desde a infância, e continuara nesta prática através de sua vida de casado, mas disse que procuraria romper com ela. Esse homem tinha um hábito longamente arraigado a vencer. Estava na metade da existência. Seus princípios morais estavam tão fracos que, quando postos em conflito com a condescendência há tanto arraigada, eram vencidos. ... TCS 124 1 Ali estava um homem que se degradava diariamente, e todavia ousava arriscar-se a entrar na presença de Deus, e pedir um acréscimo da força que ele vilmente dissipara, e que, se concedida, consumiria em sua concupiscência. Que paciência a de Deus! Se Ele lidasse com o homem segundo os seus caminhos corruptos, quem poderia viver à Sua vista? Que seria se houvéssemos sido menos cautelosos e levado diante de Deus o caso desse homem, enquanto ele praticava iniqüidade, teria o Senhor ouvido e atendido? "Porque Tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à Tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade." Salmos 5:4, 5. ... TCS 124 2 Este não é um caso isolado. Mesmo as relações matrimoniais não foram suficientes para preservar esse homem dos hábitos corruptos de sua adolescência. Quisera poder convencer-me de que casos como o que apresento são raros; sei, porém, que são freqüentes. -- Orientação da Criança, 450, 451. ------------------------Capítulo 18 -- Abuso de crianças TCS 124 3 Estimado Irmão: Li agora mesmo sua carta datada de 26 de abril. Queira o Senhor ajudar-me a escrever exatamente as palavras que sirvam para a sua restauração, e não para destruição. TCS 124 4 Sinto-me triste, muito triste, por você. Pecado, meu irmão, é pecado; é a transgressão da lei, e tentasse eu minimizar este pecado diante dos olhos do irmão, isto não seria para o seu bem. Como cristão, você está causando dano à própria alma. Toda a sua experiência religiosa está sendo diminuída, e não lhe é possível ter fé e confiança em Deus enquanto apresenta pensamentos impuros e mãos contaminadas. O trabalho precisa começar com a alma, e a partir daí atuará no caráter. Sua mente e coração acham-se poluídos, do contrário todas estas ações lhe seriam repugnantes. Trata-se de um grande pecado, especialmente para quem professa estar pregando o evangelho de Cristo. TCS 125 1 Este tipo de pecado me foi apresentado como sendo a causa de corrupção moral. Qual poderia ser a impressão causada nos jovens cujo corpo tem sido degradado pelas ações do irmão? Como pode você constituir-se em pastor das ovelhas e cordeiros enquanto lhes corrompe a mente, maculando e poluindo seu senso moral? Seria capaz de considerar este assunto levianamente, caso um ministro do evangelho, como o irmão W, fizesse tais coisas com suas irmãs ou seus filhos? Este é um crime à vista de Deus e não sou capaz de encobri-lo, como algo sem importância. É um pecado característico de Sodoma. É contaminador e poluidor em todas as suas tendências, e uma abominação à vista de um Deus santo. É uma prática iníqua. TCS 125 2 Qualquer moça que submete seu corpo à manipulação de um homem não se encontra apta para o reino do Céu. Todas estas práticas vis e comuns estão arruinando nossa juventude. Você faria uma coisa dessas com o corpo de uma de suas filhas? Não o consideraria como incesto, o descobrir a sua nudez? Todos os que assim procedem estão levando moças a práticas abomináveis. Sei para onde tais coisas conduzem. Para práticas lascivas, sensuais. Considere o quanto você tem desonrado e degradado a verdade. Oh, Deus odeia todos esses pecados! Como pode você praticá-los e ao mesmo tempo estar pregando a Palavra a pecadores -- sendo você próprio um deles? TCS 125 3 Sei de que forma Deus considera tais pecados. Um homem casado, ministro do evangelho, conduzindo os cordeiros do rebanho a práticas sodomitas! Agora, pelo amor de Cristo, não mais pratique esta perversa obra, pela qual está destruindo a própria alma e a de outros. Ainda bem que não lhe foi permitido prosseguir com esta terrível e corruptora prática. Não se trata de um pecado banal. O efeito sobre a mente de quem submete o corpo ao seu toque não pode ser medido. Os seres humanos são propriedade do Senhor, e qualquer ato que os corrompa constitui terrível insulto a Jesus Cristo, que ofereceu a vida em favor destas preciosas almas para que não perecessem em seus pecados, mas obtivessem a vida eterna -- estas ações podem arruinar os seres humanos pelos quais Cristo morreu! Prosseguirá você com tal prática de arruinar almas? TCS 126 1 Contemplando a Jesus, que é o autor e consumador de nossa fé, você será encorajado no Senhor. Temos de estar certos de que o fim de todas as coisas está perto. Dirijo-me a você como médica de almas; digo-lhe que não é possível que você atue como pastor. O que está fazendo? Conduzindo garotas para a árvore da ciência do mal e ensinando-as a provar o fruto que tão-somente produzirá males. Isto significa realizar de modo muito eficaz a obra de Satanás. Tal obra está envenenando mentes e enchendo-as de imaginações não santificadas. TCS 126 2 Esses são os mesmos pecados que corromperam Sodoma. Suas más práticas não ocorreram todas de uma vez. Primeiro um homem e uma mulher entorpeceram a si mesmos através de hábitos pecaminosos e poluídos. Então, quando os habitantes começaram a se estabelecer em Sodoma, procederam como você está procedendo, instruindo outros numa conduta que é proibida por Deus. E à medida que os habitantes prosseguiram se multiplicando, esses pastores do pecado continuaram a educar as pessoas nas próprias práticas depravadas, a ponto de, chegando qualquer pessoa à cidade, o primeiro pensamento de seus habitantes era o de instruí-la na obra má, até que Sodoma se tornou famosa por sua poluição. Seus pecados alcançaram os Céus, de modo que o Senhor não mais os suportaria. Ele destruiu as pessoas e tudo aquilo que era tão belo, e que tornava a região um segundo Éden, pois a Terra se contaminara com as ações de seus habitantes. TCS 126 3 Esses corpos que você está subornando são propriedade comprada por Jesus Cristo. Sei que esse foi o seu pecado, mas também sei que se a verdade se encontrasse entronizada em seu coração, haveria ela de fazer o pecado aparecer em sua verdadeira enormidade, pois a verdade trazida ao templo da alma expulsará toda lascívia e contaminação do coração. ... TCS 127 1 Você afirma que não cometeu adultério. Deus considera como adúltera qualquer pessoa que faz tais coisas, e todos que comunicam essas práticas corruptoras a outros estão a poluí-los com vis imaginações. Não seria você capaz de ver, de compreender através da própria experiência, que está orientando jovens rumo aos hábitos da masturbação? Você tem estado a dar-lhes da árvore do conhecimento [do bem e do mal], e todo mal assim comunicado os está tornando participantes do fruto dessa árvore, que Deus proibiu fosse comido. ... TCS 127 2 De que modo posso formular palavras que expressem a enormidade desse terrível pecado? Como posso apresentá-lo de uma forma tal que você não mais fique a olhar para ele, como o tem feito, imaginando que não se trata de um erro grave? Tenho netas, as filhas de meu filho W. C. White. Se eu fosse obrigada a escolher entre serem essas meninas expostas a tais tentações e instruídas em tão más práticas, ou serem arrebatadas pela morte, eu diria: Que elas morram em sua inocência. Que elas não sejam corrompidas ao comerem das maçãs de Sodoma. ... TCS 127 3 Se você apegar-se a Cristo através de viva fé, e humilhar diante dEle a alma, Ele assumirá o seu caso e enviará anjos para o protegerem. Mas você precisa resistir ao diabo. Precisa educar-se em uma diferente linha de pensamentos. Não deposite qualquer confiança em si mesmo. Jamais busque a companhia de mulheres ou garotas. Mantenha-se longe delas. Seu gosto moral acha-se tão pervertido, que você causará ruína a si mesmo e a muitas almas, se não der total meia-volta. Eduque sua mente a estudar a Palavra de Deus. Consulte-a de todo o coração e ore muito. A vida eterna vale uma vida inteira de perseverante e incansável esforço. Eduque esta mesma mente que você tem usado tão mal e dirigido a errôneos condutos de pensamento. Eduque-a para que se detenha na vida, caráter e lições de Cristo. ... TCS 128 1 Não pense que a pior coisa é você perder suas credenciais. Você não é digno de ser encarregado de cuidar do rebanho. Precisa saber disso sem que eu lhe diga. Um pequeno tempo de graça ainda lhe será concedido; faça tudo para usá-lo estudando a Palavra. Cada bênção perdida significará grave perda para você; mas se chegar a ocupar uma posição correta diante de Deus, poderá receber o perdão dos erros passados; não permita, contudo, que sua vida futura seja manchada pelas manchas escuras do passado. ... TCS 128 2 Você me pergunta se deve submeter-se a uma confissão pública. Respondo-lhe que não. Não desonre o Mestre ao tornar público o fato de que alguém que ministrava a Palavra foi encontrado culpado de pecados tais como os que você praticou. Isto seria uma desgraça para o ministério. Não dê publicidade a este assunto de maneira nenhuma. Seria uma injustiça para com toda a causa de Deus. O simples fato de ouvir essas coisas sendo repetidas criaria pensamentos impuros na mente de muitos. Nem mesmo contamine os lábios comunicando tais coisas a sua esposa, pois isto a faria envergonhar-se e prostrar a cabeça em tristeza. Dirija-se a Deus e aos irmãos que conhecem esse terrível capítulo de sua vida e diga-lhes o que precisa ser dito, e que então orações sejam elevadas ao Céu em seu favor. Cultive a sobriedade. Ande cuidadosamente e com oração diante de Deus. Adquira força moral ao dizer: "Não desonrarei a meu Redentor." -- Carta 106a, 1896. TCS 128 3 Transmitindo mensagens de reprovação -- Lamento que você tenha ficado ofendido porque permiti que o irmão A tivesse uma cópia da carta que lhe enviei. Não o fiz, de modo algum, para magoá-lo. Você mesmo me havia escrito que revelou suas ações a este irmão, o qual julgava que você deveria confessar todo o seu pecado diante da igreja. Pensei que minha carta evitaria tal procedimento e manteria as coisas tão reservadas quanto possível. TCS 129 1 De modo algum apoiei a idéia de que ele lesse a carta para a sua mãe. Ela já tem tristeza suficiente a suportar. Não sanciono qualquer exposição pública. Pensei que a carta, que condenava o pecado, também lhe infundisse esperança e confiança em Deus. Supus que a carta levaria o irmão A a ajudá-lo. Se isso fez aumentar suas aflições, tornando-lhe as coisas ainda piores, lamento sinceramente. TCS 129 2 Sempre que tive de escrever mensagens de reprovação, enviei uma cópia ao pastor que oficiava na igreja, de modo que ele pudesse ter sabedoria para recuperar os que se encontravam sob perigo em meio à tentação, dando-lhes o conselho necessário. Sei também que, sob as atuais circunstâncias, não é possível que sejam dadas a você as credenciais de um pastor, que o recomendariam à confiança das pessoas, pois, conhecendo sua conduta, se de alguma forma você fosse vencido, o Senhor passaria a considerar a associação responsável pelo pecado de que você é culpado. -- Carta 120, 1897. ------------------------Capítulo 19 -- Uma dona de casa TCS 130 1 Arruinada a felicidade de uma esposa -- Meu espírito está agitado. Não sou capaz de me conter. Acontecimentos recentes causaram-me angústia de espírito e agonia de alma; quando, então, penso na angústia da pobre irmã J, cuja felicidade você arruinou para sempre, pergunto: Que recompensa receberá você por tais coisas? Seremos julgados de acordo com os atos praticados no corpo. Pensamos que seria justo e correto que você recebesse a punição tão bem merecida, mas nos lembramos das palavras da Escritura: "A Mim pertence a vingança; Eu retribuirei." Hebreus 10:30. Aquilo que você semeou, certamente colherá. Sim, com certeza você terá uma farta colheita. Nenhuma geada a estragará; nenhum bolor a arruinará; nenhum verme a devorará. Você semeou para a carne; colherá corrupção. Uma pesada retribuição a aguarda. TCS 131 1 Você pecou não apenas contra a sua família, lançando uma nódoa sobre os seus filhos -- o fruto de seu corpo -- a qual se apegará a eles como se fosse lepra, mas também afetou para sempre a alegria e a felicidade da Sra. J. TCS 131 2 Chegou a se tornar tão endurecida que não mais teme a Deus, ou o juízo, ou a eternidade, quando todos os seus atos, mesmo que secretos, serão passados em revista perante Deus? Percebe você que seus maus atos se encontram fielmente registrados no Céu, escritos no livro, e que a Palavra de Deus, o livro dos estatutos, julgará você naquele dia? TCS 131 3 Eternos resultados do adultério impenitente -- O que ordenou Deus a Moisés fosse feito com os culpados de adultério? Deveriam ser apedrejados à morte. Terminava ali a punição? Não, haveria ainda a segunda morte. O sistema de apedrejamento foi abolido, mas a penalidade pela transgressão da lei de Deus não deixou de existir. Se o pecador não se arrepender sinceramente, será punido com a destruição eterna na presença do Senhor. TCS 131 4 É de meu conhecimento que você disse: "Amo Walter J." Que negócio é esse de amar a Walter J, se ele pertence a outra mulher? Arruinará você e quebrará o inocente coração de uma esposa só para satisfazer seu culposo amor? TCS 131 5 Relacionamentos familiares ilegais -- Que família pode sentir-se em segurança se outras pessoas seguirem a conduta que você seguiu, afrontando o Céu? Elas poderiam muito bem entrar em minha família, insinuar-se nas afeições de meu marido e então separá-lo de mim para satisfazerem seu amor pecaminoso. Outra vez lhe pergunto: Você se tornou tão endurecida a ponto de não temer a Deus, Sua ardente ira, que em breve descerá sobre o pecador, sem qualquer mistura de misericórdia? Você está disposta a vender barato sua alma, a desgraçar seu irmão, a arruinar seus filhos, unicamente para satisfazer seu coração sensual. TCS 132 1 Depois que você houver conquistado Walter J, que mais virá? Terá junto a si um homem que não teme desobedecer à lei de Deus, que não hesita em quebrantar o coração de uma esposa amável que lhe gerou muitos filhos, e depositou-os na sepultura -- uma esposa que concedeu a ele o calor de suas afeições na juventude -- uma esposa com a qual conviveu até o declínio de sua vida! Pensa você que, depois de obter Walter J inteiramente para si, depois de havê-lo roubado à esposa de sua juventude, permanecerá ele leal e constante a você, que causou tanto mal a fim de satisfazer um amor pecaminoso? TCS 132 2 A verdade mostra que Walter J é um caso difícil, [mas] ela fez tudo por ele. Agora ele não teme a Deus, nem teme transgredir Sua lei. Anjos maus estão tomando conta da mente, sua e dele; diante disso, quão constante, genuíno e estável poderá ser o amor de vocês? Você semeou desgraça para a própria desgraça. Uma consciência culpada lhe atormentará para sempre. Ser-lhe-á possível agora voltar atrás? Obterá ainda a piedade de um Deus misericordioso? TCS 132 3 Como ousa você amar Walter J e acrescentar a seus pecados este, de quebrantar o coração da esposa dele? Oh, você vendeu o Céu por preço demasiado baixo! Você mostrou qual foi a sua escolha. Sua vida marcou tal escolha, a de ficar do lado de fora da cidade, junto com os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os idólatras e os que amam a mentira. TCS 132 4 Por bondade, leia o Capítulo 6 de Provérbios, a partir do Verso 20. Leia também o sétimo capítulo de Apocalipse. -- Carta 12, 1864. ------------------------Capítulo 20 -- Um adventista antigo e sua amante TCS 133 1 A alguém que avançou muito na desobediência -- Meu pobre, enganado e pecaminoso irmão, dirigirei agora umas poucas palavras a você por quem, por muitos anos, tenho tido grande preocupação e interesse. Ira K, sua conduta tem sido pecaminosa durante anos. Já lhe escrevi antes mas não recebi resposta, e a reprovação que lhe foi apresentada não surtiu efeito no tocante ao seu procedimento. ... TCS 133 2 Você tem um trabalho a realizar em favor da própria alma. Apresse-se, ou será para sempre demasiado tarde. Deus perdoará agora o pecado escarlate se você fizer o que deve fazer para corrigir seus erros. Não digo que seu caso é sem esperança, mas você por certo tem quase ultrapassado o seu período de graça; Jesus ainda Se encontra no santuário e pleiteia em seu favor. Seus irmãos e irmãs têm trabalhado muito em seu benefício; tanto interesse têm eles revelado por seu caso que você tem considerado crime e pecados como algo de pouca importância. Mas Jesus o ama, e eu O apresento e exalto diante de você. TCS 133 3 Satanás lhe tem dito que não adianta você deixar de pecar; que você já foi tão longe na desobediência e transgressão, que de nada lhe serve tentar agora voltar-se para Deus. Embora eu sinta que a total desgraça de seus pecados está sobre você, e almeje vê-lo perceber o pecado tal qual é, prossigo continuamente apresentando-lhe Jesus como um Salvador que perdoa pecados. TCS 133 4 Perdão da undécima hora -- A areia da ampulheta de sua vida está quase se esgotando, mas se você vier a Deus exatamente como se encontra, sem qualquer outra justificativa senão a de que Ele morreu para salvar o maior dentre os pecadores, encontrará perdão mesmo nesta undécima hora. O homem necessita cooperar com Deus. Cristo não morreu para ter o poder de encobrir a transgressão da qual não houve arrependimento e confissão. Nem todos os pecados devem ser publicamente confessados. Alguns devem sê-lo apenas a Deus e às pessoas que foram prejudicadas. TCS 134 1 A justiça imputada de Cristo -- A justiça de Cristo imputada aos homens significa santidade, integridade, pureza. A menos que a justiça de Cristo nos seja imputada, não poderemos apresentar arrependimento aceitável. A justiça que habita em nós pela fé consiste de amor, longanimidade, mansidão e todas as demais virtudes cristãs. Então nos apropriamos da justiça de Cristo e ela se torna parte de nosso ser. Todos que possuem tal justiça farão as obras de Deus. ... TCS 134 2 Entretanto, as vestes da justiça de Cristo jamais encobrem pecados acariciados. Ninguém pode entrar na ceia das bodas do Cordeiro sem os trajes nupciais, que são a justiça de Cristo. Sem santidade nenhum homem verá a Deus. Ele está esperando para conceder poder divino a cada pessoa para combinar com o esforço humano. "Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:12, 13. TCS 134 3 Cristo é a perfeição do divino caráter. É o modelo que devemos seguir. As palavras de Pedro são plenas de significado: "Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." 1 Pedro 1:14-16. ... TCS 134 4 Nomes no livro da vida -- No Apocalipse, João, ao descrever a Nova Jerusalém, diz: "Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro." Apocalipse 21:27. Você poderá perguntar: "Está o meu nome escrito no livro?" Estará registrado no livro da vida se você houver desenvolvido um caráter puro e santo, semelhante ao de Cristo. Apenas a fé na verdade não nos salvará. Precisamos ser semelhantes a Cristo se pretendemos um dia vê-Lo como Ele é. TCS 135 1 "E a si mesmo se purifica todo o que nEle tem esta esperança, assim como Ele é puro." 1 João 3:3. Qualquer esperança separada da pureza e justiça constitui um engano de Satanás, sofisma e fatal equívoco. Jesus veio ao nosso mundo, e graciosamente permanece convidando-nos a irmos a Ele e dEle aprendermos, nEle crendo; quando atendemos o convite, Ele nos enxerta em Sua vida e caráter. Nossa aproximação de Cristo é a fé, e nosso enxerto nEle é a adoção; por este ato mútuo tornamo-nos filhos de Deus e co-herdeiros com Cristo, "participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo". 2 Pedro 1:4. TCS 135 2 Enxertados em Cristo -- Este enxerto em Cristo nos separa do mundo. Não mais desejaremos a companhia dos vis, contaminados e contaminadores. Ainda prosseguiremos mortos no pecado, mas vivos em Deus através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Aparece então abundante fruto. As graças do Espírito são manifestas em amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade e bondade. Possuímos novas afeições, novos apetites, novos gostos. "As coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." 2 Coríntios 5:17. TCS 135 3 Escolha de vida ou morte -- Pergunto-lhe agora, irmão K, servirá você a Deus de todo o seu coração, observando todos os Seus mandamentos, ou servirá ao diabo? Colocar-se-á, sem considerar as conseqüências, inteiramente do lado de Cristo? Deus jamais forçará seu serviço. Você escolhe a vida ou a morte. Se vier a Jesus, confessando seus pecados como um humilde penitente, Ele os perdoará e limpará você de toda iniqüidade. Mas não lhe será possível voltar as costas ao pecado a menos que odeie o pecado e ame a pureza, a verdade e a justiça. Imploro-lhe que venha agora mesmo como uma criança pequena, humilhando o coração diante de Deus, e Jesus perdoará a sua transgressão. TCS 135 4 Companhia dos ímpios -- Espero que Annie não mais exerça sobre você a influência que tem exercido. Se o fizer, isto será a ruína, eterna ruína, para vocês dois. Vocês têm muita, demasiada simpatia um para com o outro, enquanto a sua esposa está sendo prejudicada, enganada e roubada do respeito a ela devido, e seus filhos roubados da confiança que lhes devia ser concedida, e esta sendo concedida a estranhos. Você tem uma obra a fazer, sem mais demora, ou receberá como sua porção o salário do pecado. TCS 136 1 Afaste-se da companhia dos ímpios; devote cada momento de seu tempo em buscar ao Senhor enquanto pode ser achado. Você não poderá viver duas vidas, uma para Cristo e outra para o diabo. Até quando você terá prazer no pecado, que é tão aborrecível a Deus? Todas as doces influências do Espírito de Deus se extinguiram de sua alma. Mude isso agora. Digo-lhe que não se entregue ao desespero, antes venha ao misericordioso Salvador, que perdoa pecados. Corte os laços; desligue-se deles. TCS 136 2 Você tem medo de fazer isto porque teme ser exposto. Não poderá por mais tempo esconder-se, por mais que deseje ocultar sua verdadeira condição. Deus me revelou estes assuntos, para que eu o encoraje a fazer mais uma tentativa em favor de sua alma. Precisa escolher entre o pecado egoísta, de um lado, e Cristo, Sua pureza e justiça, de outro. Se você submeter a Deus o coração, a alma e o corpo, não mais desejará ser servo do pecado. Oh, não sou capaz de suportar o pensamento de que alguém que recebeu tão grande luz permaneça como servo do pecado e de Satanás! TCS 136 3 Inteira transformação -- Não existe esperança para você, a menos que ocorra inteira transformação de seu caráter. Então procurará honrar a Cristo e ser semelhante a Ele. A lei divina será a regra de sua vida. Apresse-se muito em colocar os pés no caminho da santidade. Salve a própria alma, lançando-se junto à cruz. Venha então a Jesus, seja feliz e vá para o Céu. Pregação não é tudo que você necessita, mas precisa ter seus pecados reprovados, como Natã repreendeu a Davi: "Tu és o homem." 2 Samuel 12:7. Você precisa ter religiosidade, um coração puro, uma vida perfeita, ou morrer em seus pecados e perecer com os ímpios. TCS 137 1 Possa o Senhor convencê-lo, é a minha prece. -- Carta 1e, 1890. TCS 137 2 Mensagem à amante -- Tenho algumas palavras a escrever-lhe. Durante alguns anos o seu procedimento me tem sido revelado, em relação à família de Ira K; estes, porém, são capítulos ocultos na experiência de vocês dois, dos quais alguns talvez tenham desconfiado, e que estiveram a mantê-los unidos em um relacionamento pecaminoso. Ouço dizer que você e seu irmão se converteram; se isto é verdade, você deverá produzir "frutos dignos de arrependimento". Mateus 3:8. "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará." Provérbios 28:13. TCS 137 3 Você tem exercido forte influência sobre Ira K. Sua ligação com ele é de natureza que, você bem sabe, jamais lhe permitirá ver o reino do Céu, a menos que ocorra arrependimento e confissão. Você é capaz de vender sua alma por tão pouco? Será possível que o pecado tenha perdido aos seus olhos a sua hediondez? Já não tenho a menor confiança na pessoa que por muito tempo chamei de irmão K. TCS 137 4 Seu procedimento me foi exposto em linhas claras e distintas. Ninguém conhece aquilo que eu sei a respeito deste desastroso passado. Jamais pretendi que alguém soubesse do que ocorreu, mas o fim da vida de Ira K não está longe; deverá ele ingressar na eternidade sem haver confessado seus pecados e deles se arrependido? O que dirá você quando estiver diante do tribunal divino? TCS 137 5 O pecado parece pecaminoso? -- Ele tem seguido por tanto tempo os impulsos de seu corrupto coração, que o pecado já não lhe parece excessivamente pecaminoso. Agora que seus pensamentos foram despertados para as sérias considerações acerca da sua salvação, espero que você compreenda quão odioso é o pecado; almejo que você confesse seus erros antes que seja para sempre demasiado tarde. Se Ira K morrer na condição em que agora se encontra, preso à iniqüidade, o que vocês dois terão de enfrentar no juízo? O procedimento de vocês tem sido triste e lastimoso neste aspecto. Você pensou que Deus não viu essas coisas? ... TCS 138 1 Os olhos de Deus têm estado sobre você. Ele tem registrado sua enganosa conduta. Você tem afastado as afeições de Ira K de sua paciente esposa. Tem exercido influência sobre Ira K, e ele não ousa quebrá-la; não quer desagradá-la. ... Você, à semelhança do arquienganador, tem forjado mentiras e tem agido sobre uma mente degradada, empobrecida e pervertida pelos próprios pecados, levando-o sempre a ver as coisas sob uma luz distorcida. TCS 138 2 Pois bem, se Deus verdadeiramente tocou-lhe o coração, como sinceramente espero que Ele tenha feito, você se humilhará, cairá sobre a Rocha e será quebrantada. Confessará seus pecados, abandoná-los-á para sempre e começará uma nova vida. Agora serão trazidas a sua mente coisas a respeito de sua conduta para com uma exausta e sobrecarregada filha de Deus -- a irmã K. Ela tem tido suas faltas, mas nunca desprezou a reprovação. Sempre esteve disposta a curvar-se diante da luz e da vontade de Deus. TCS 138 3 Como, porém, o seu caso foi exposto diante de mim, e em vista de os seus pecados me haverem sido apresentados, conservei tudo isso comigo, almejando que chegasse o tempo em que o seu espírito endurecido se enternecesse. Imploro-lhe agora que busque a salvação de sua alma antes que seja para sempre demasiado tarde. O pecado da irmã K, de ficar procurando faltas, é muito leve em comparação com o seu pecado e o do marido dela. Vocês dois têm estado a tecer uma rede em volta de si mesmos, a qual tem-se tornado tão firme quanto faixas de aço, mas os juízos de Deus não serão por mais tempo retardados se vocês prosseguirem no caminho que têm trilhado. TCS 138 4 Tolerância divina, depois a divina ira -- Deus conserva um registro dos pecados das nações e dos indivíduos, e quando estes atingem certa medida, a taça se enche; neste ponto exaure-se a longa tolerância divina, e Sua ira não mais dormita. Se necessário, posso mostrar-lhe as reprovações apresentadas a Ira K. Não mais posso chamá-lo irmão, pois não é mais um cristão. Tenho me esforçado para afastá-lo das profundezas do desespero, almejando durante todo o tempo que ele percebesse a malignidade de seu procedimento, e assim viesse a arrepender-se antes de afastar definitivamente, e para sempre, os últimos raios da misericórdia de Deus. TCS 139 1 Foi-me mostrado, entretanto, que ele determina a mente e o coração contra o proceder correto e recebe sua cruel influência como sendo a verdade. Você o tem ajudado a volver as costas para aqueles que são seus verdadeiros amigos, e poderiam exercer influência no sentido de salvar-lhe a alma. É hora de eu falar. Ira K não deseja que eu vá à casa dele. Não me quer perto dele, pois teme que Deus venha a reprovar a má conduta de vocês dois. TCS 139 2 Não ouso esconder essas coisas de você. Espero que agora você busque o Senhor de todo o coração, para que possa encontrá-Lo. É melhor andar humildemente o restante de sua vida do que perder a própria alma e ser instrumento para a perda de outras pessoas, arrastadas pelo seu modo de proceder. O pecado não lhe parece demasiado odioso, mas Deus diz: "Conheço as tuas obras." Apocalipse 3:15. Por isso, para cada engano que você praticou, para cada falsa palavra proferida e para toda ação pecaminosa cometida tem existido um vigia diante do qual você será incapaz de esconder-se. TCS 139 3 Na festa de Belsazar -- Belsazar mal seria capaz de supor que naquela noite de sacrílega festa existia um mensageiro celestial a vigiar todos os seus movimentos; e que os acontecimentos daquela noite no palácio fariam com que suas más obras atingissem a medida plena. Não mais deveria ser protegido e escudado por Deus. O poder restritivo não mais manteria afastado o mal; ele deveria cair, seu reino passaria a outras mãos, e ele seria morto. TCS 140 1 Apelos da palavra de Deus -- Meu coração enche-se de tristeza. Pergunto-me: Deverão estas almas ser deixadas a participar da segunda ressurreição; mantidas fora da cidade de Deus entre cães, feiticeiros, adúlteros e "todo aquele que ama e pratica a mentira"? Apocalipse 22:15. O que posso dizer-lhe? Você tem um espírito forte e inflexível, a não ser que tenha caído sobre a Rocha e se despedaçado. TCS 140 2 O Senhor diz: "Vinde, pois, e arrazoemos. ... Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Isaías 1:18. "Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar." Isaías 55:6, 7. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós." 1 João 1:9 e 10. TCS 140 3 Suplico-lhe: Deixe a obra ser produzida em profundidade; efetue um trabalho completo. Em vez de levar suas supostas ofensas a Ira K -- um pobre, errante e pecador mortal -- a fim de obter simpatia, leve suas perplexidades a Jesus. Ele lhe tem convidado: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. -- Carta 23a, 1890. TCS 140 4 Outra mensagem à amante -- Mais uma vez me dirijo a você, para que não falhe, neste que é o momento de crise de sua vida, em assumir a única conduta correta. A fortaleza do pecado está na vontade. Coloque sua vontade do lado divino da questão; não fique mais na posição de pecadora, uma prostituta. Talvez não consiga ver claramente de que modo obterá livramento dos pecados que têm sido acariciados e sido fortalecidos mediante repetição. O único meio é confessar seus pecados, abandoná-los e crer que Jesus lhe perdoará. TCS 141 1 Seu livramento deve ser encontrado em Cristo, e tão-somente nEle. Seu temperamento e seu orgulho precisam morrer, e Cristo necessita viver em você, do contrário prosseguirá no cativeiro do pecado e da iniqüidade. Precisa humilhar o coração diante de Deus, e Jesus terá piedade de você e a salvará. ... TCS 141 2 Se você deseja ser cristã, agora é a sua vez; agora é a sua áurea oportunidade. Será capaz de andar em pureza unicamente ao olhar e contemplar, orar e crer em Jesus momento após momento. Você tem vivido em adultério por tanto tempo, que o pecado já não lhe parece abominável. Você ama o pecado. Se agora se dispuser a deixá-lo, necessita renunciá-lo para sempre. Se confessar seus erros, "Ele é fiel e justo para... perdoar os" seus "pecados e" purificá-la "de toda injustiça". 1 João 1:9. Você não pode esconder ou desculpar seus pecados, mas precisa erguer-se e apressadamente confessá-los, e assim salvar a alma ao buscar o perdão de seus pecados. TCS 141 3 Má influência de membros da família -- Oh, que terrível coisa é perder-se! Seu procedimento tem sido triste e lastimoso. O tempo é breve. Você virá agora? Sentar-se-á aos pés de Jesus para dEle aprender? Existe esperança para você, mas você tem tido maus conselheiros; e se você ama a Jesus, odeia o mau proceder e até mesmo a conversação e a companhia dos próprios parentes que se entregaram -- alma, corpo e mente -- à prática das obras de Satanás. Ele controla as imaginações e más intenções deles para agirem impiamente. TCS 142 4 Queira o Senhor produzir as mais profundas impressões em sua alma, pois de modo algum desejo dar publicidade às coisas que me foram reveladas; espero que você assuma uma conduta pela qual seja desnecessário para mim fazê-lo. -- Carta 24a, 1890. TCS 142 1 Segunda carta a Ira K. -- Acabo de receber sua resposta à minha carta, e serei incapaz de repousar esta noite sem tornar a escrever-lhe e lhe dizer: "Arrependa-se de seus pecados sem mais demora." Seu procedimento me tem sido exposto; suas transações comerciais, seu descuidado gasto de dinheiro, seu relacionamento com pessoas vis e corruptas; ainda assim, Deus está disposto a conceder-lhe perdão. ... TCS 142 2 Não houvesse ocorrido sua ilegal e não santificada união com a Srta. L, não teria você assumido uma conduta tão abominável em relação aos próprios filhos. Você tem sido duro e irreconciliável com [sua filha] Lucinda, mas fica o tempo todo agarrado a uma prostituta, e seu relacionamento com ela foi de tal natureza que seus filhos tementes a Deus não receberam de você qualquer amor ou simpatia. Contudo, esta minha carta não pretende condená-lo, antes despertá-lo para o arrependimento. Ouvi dizer que Anna alega haver se convertido. Foi somente depois disso que me atrevi a escrever-lhes, sabendo que não teria advindo nenhum bem em havê-lo feito antes, pois a dureza e teimosia do coração de ambos em manter uma conduta errada têm sido de surpreender. TCS 142 3 Jesus, única esperança dos pecadores -- O enfeitiçante poder de Satanás tem estado sobre você. Não demore mais; Jesus Se encontra à direita do Pai e a misericórdia ainda perdura. "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Isaías 1:18. Sim, Jesus é a única esperança do pecador. "Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro [nenhuma bondade, nenhuma justiça, nada que o recomende a Deus], vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite." Isaías 55:1. TCS 143 1 Não pode você vir exatamente agora, tal qual se encontra, dizendo: "Nada em minhas mãos eu tenho, à Tua cruz tão-só eu me sustenho"? "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os ouvidos e vinde a Mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi." Isaías 55:2, 3. ... TCS 143 2 Mudança de coração versus suicídio -- Considere estas palavras: "Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros." "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Apocalipse 20:12, 15. TCS 143 3 Suplico-lhe que não fique nesse estado de desesperança, nada fazendo. Não mais dê ouvidos ao grande tentador, que afirma ser inútil você continuar tentando. Você pereceria vindo a Jesus como está, pecaminoso e poluído, vil e depravado; contudo, Jesus é amplamente capaz de salvar o mais endurecido, ímpio e corrompido pecador. TCS 143 4 Você afirma que está sendo tentado a romper o frágil cordão que o liga à vida; mas, se assim fizer, seu caso será sem esperança, pois terá acrescentado o assassinato a todos os seus demais pecados. Mas se vier tal qual se encontra, desamparado e maculado pelo pecado, lançando-se junto à cruz, "miserável, pobre, cego e nu" (Apocalipse 3:17), existe ali um Salvador capaz de erguê-lo. Sei que por muitos e muitos anos você não tem estado em harmonia com Deus. Durante todo esse tempo tem estado a seguir um outro líder, que é o príncipe das trevas; se, contudo, você lançar para longe as obras das trevas, se agora contemplar a Jesus, você viverá. TCS 144 1 Orações em favor dos pecadores -- Você, porém, precisa olhar com fé. Durante muitos anos você nada soube acerca da verdadeira vida cristã. Ainda assim, enquanto suas forças têm sido desperdiçadas e você tem servido a Satanás com mão forte, o Senhor ouviu orações em seu favor, e não o exterminou em seus pecados -- o que Ele facilmente teria feito se a misericórdia cessasse para sempre. Sim, Deus ouviu as orações das pessoas com as quais você recusou relacionar-se, os que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos. Você tem estado inteiramente cego, deploravelmente enganado, iludido e enfeitiçado pelo diabo. ... TCS 144 2 Outra chance -- Pois bem, ano após ano tem decorrido, e Deus lhe estende uma nova oportunidade por intermédio de Sua serva para isto indicada. Arrepender-se-á? Confessará os seus pecados e os abandonará? Se você fizer despertar a sua força de vontade, repousando inteiramente na força de Jesus, ainda se tornará um vitorioso; contudo, sejam quais forem as conseqüências, precisa afastar-se por completo da classe de pessoas com as quais se tem associado. ... TCS 144 3 Não posso desistir de você, deixando que se perca. Tem estado cego a todos os interesses superiores da alma, a todas as benditas e gloriosas atrações da vida celestial na cidade de Deus. Você tem trabalhado por aquilo que não é pão; tem sacrificado a paz e a honra, bem como a companhia dos filhos de Deus, e até mesmo a dos próprios filhos, a fim de poder andar sem impedimento nos próprios caminhos. Tem lutado por satisfazer-se nos segredos dos prazeres pecaminosos e condescendências vis, sem consideração para com Deus e o Céu, mas ainda assim Jesus lhe oferece aquilo que você mais necessita, aquilo que significará infinito ganho, mesmo à custa de fadiga e sofrimento de toda uma vida. TCS 144 4 Esperança para alguém com a consciência endurecida -- Bem, você se encontra sem esperança; está sem Deus. Ainda assim, Jesus de Nazaré está passando. Não desejará clamar com o coração quebrantado: "Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim"? Lucas 18:38. Desejo inculcar este assunto em sua consciência. Queira Deus instar com sua alma, usando argumentos muito poderosos. Oh, que o cego consiga ver a solenidade do juízo eterno e sinta a profundidade do apelo que ora lhe faço. Estou escrevendo nas primeiras horas da manhã, enquanto todos na casa se encontram em profundo sono. Tome a decisão de não se perder. Você é incapaz de compreender que coisa terrível é perder-se. Sua consciência tornou-se endurecida em pecado, transgressão e descrença; mas, se você o desejar, poderá cair sobre a Rocha que é Cristo Jesus e deixar-se quebrar antes que seja demasiado tarde. Clame: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim." Lucas 18:38. Se proceder assim, Deus não permitirá que você se perca. ... TCS 145 1 Quaisquer que sejam as sugestões de Satanás com o fim de conservar sua alma presa ao pecado e ao desespero, prossigo dizendo: Vá a Jesus, o Salvador que perdoa pecados, e vá sem demora. Possa o poderoso Senhor resgatá-lo dos encantos do diabo, é a minha oração. -- Carta 1d, 1890. ------------------------Capítulo 21 -- Um obreiro de hospital TCS 145 2 Atenção frívola e imprudente para com mulheres -- Os anjos de Deus estão observando o desenvolvimento do caráter. Eles estão pesando o valor moral. Se você dispensar atenção àqueles que dela não necessitam, estará causando dano a quem as recebe, e você receberá condenação em lugar de recompensa. Lembre-se de que, quando por sua conversação vulgar você desce ao nível das pessoas frívolas, está encorajando-as no caminho que leva à perdição. Suas imprudentes atenções podem representar a ruína dessas almas. Você está rebaixando o conceito delas daquilo que significa a vida e o caráter cristãos. Confunde as idéias dessas pessoas, causando impressões que jamais poderão ser desfeitas. TCS 145 3 O dano assim causado a pessoas que necessitam ser fortalecidas, refinadas e enobrecidas, muitas vezes é um pecado que leva à morte. Elas não conseguem associar tais homens às sagradas posições que ocupam. Pastores e oficiais da igreja são por estas pessoas considerados como não sendo melhores que elas próprias. Assim, onde está o seu exemplo? TCS 146 1 O puro padrão divino -- Deus convoca todos os que afirmam ser cristãos a que elevem os padrões da justiça, e purifiquem a si mesmos assim como Cristo "é puro". 1 João 3:3. ... TCS 146 2 A questão é: Seremos nós cristãos de acordo com a Bíblia? Desconsideraremos as mais claras instruções a nós concedidas na Palavra de Vida, erigindo um falso padrão pelo qual mediremos nosso caráter? É porventura seguro que façamos algo assim? Quando vocês cedem às tentações do inimigo, agindo exatamente do modo oposto ao que Deus ordenou que devessem fazer, e então se desculpam, dizendo que não pretendiam causar dano, que não praticaram nenhum mal moral, qual seria seu padrão de piedade e santidade? Cristo nos concedeu os sinais pelos quais seremos capazes de distinguir o cristão verdadeiro; ninguém precisa ser enganado pelas pretensas asserções do hipócrita. TCS 146 3 Nenhuma escusa para flertar -- Não existe desculpa para o condescendente sentimentalismo apaixonado, nenhuma desculpa para namoro ou flerte entre homens casados e jovenzinhas, ou homens casados e viúvas. Que os homens que professam santidade prestem atenção às palavras do apóstolo: "Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais que fazem guerra contra a alma, mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação." 1 Pedro 2:11, 12. TCS 146 4 Desconsiderará você, então, as mais claras orientações dadas na Palavra de Deus no tocante a suas palavras, seu procedimento e caráter? Desculpará você atos levianos, e mesmo licenciosos, como se não houvesse praticado erro moral? Passará tudo isso por alto, dizendo que foi algo impensado de sua parte? Porventura não é dever do cristão pensar sobriamente? Se Jesus estiver entronizado em seu coração, poderão os pensamentos correr soltos? ... TCS 147 1 O exemplo dos antediluvianos -- Temos a história dos antediluvianos e [dos habitantes] das cidades da planície, cuja experiência de conduta degenerada, desde a leviandade e frivolidade, até os mais vis pecados, os quais atraíram a ira de Deus por meio da mais espantosa destruição, de modo a eliminar da Terra a maldição de sua corruptora influência. A inclinação e a paixão sobrepunham-se à razão. O eu era seu deus, e o conhecimento do Altíssimo foi quase obliterado diante da egoísta condescendência com as paixões corruptas. -- Carta 84, 1888. ------------------------Capítulo 22 -- Um superintendente de hospital TCS 147 2 Culpa igual de duas pessoas -- Durante as visões da noite eu vi você em companhia da enfermeira-chefe da instituição. Tanto quanto dizia respeito à atenção de um para com o outro, vocês poderiam ser considerados marido e mulher. A conduta de um para com o outro era errada à vista de Deus, e meu coração perturbou-se por esse estado de coisas. Perguntei: "Quem enfeitiçou vocês para que não obedeçam à verdade?" Deus está descontente. Vocês entristeceram o Espírito Santo. A irmã N jamais voltará a ser o que era. Vocês dois são culpados diante de Deus. -- Carta 30, 1887, 11 de Junho de 1887. TCS 147 3 Os pastores não se encontram acima de suspeita e tentação -- O irmão M tem sido muito imprudente com a Sra. ou irmã N, e eu tenho acompanhado esta familiaridade com decisão e no temor de Deus, sentindo sobre mim uma grande responsabilidade. Ele me disse que, como superintendente, era seu privilégio viajar com a enfermeira-chefe; disse-me, um tanto incomodado, que os membros da igreja estavam falando demais pelo fato de ele sempre levar a irmã N às reuniões; e quando o assunto veio à presença de umas vinte pessoas, na reunião campal de Oakland, justificou-se dizendo que já lhe haviam falado do fato dele estar viajando com a irmã N sem que o esposo desta estivesse junto, mas que ele bem sabia que nisso não havia nenhum erro moral, de modo que continuaria procedendo como sempre. TCS 148 1 Ergui-me e lhe disse com toda a franqueza que ele não era um cristão segundo a Bíblia; que a Palavra do Senhor era positiva, que devemos abster-nos da própria aparência do mal, não permitindo que sobrevenha à causa de Deus qualquer descrédito. Que, mesmo sabendo que muita conversa corria à solta no tocante à sua íntima associação com essa mulher, esposa de outro homem, ele não buscara em sua conduta evitar a censura, antes se justificava pelo que fizera. Tivesse ele visto outro homem tomar as mesmas liberdades com a própria esposa enquanto esta vivia, haver-se-ia indignado. Houvesse ele visto qualquer homem vinculado à instituição, jovem ou idoso, mantendo um relacionamento tão íntimo com uma mulher casada ou com jovens solteiras, teria visto o mal e com palavras nada suaves teria posto fim a tal procedimento. TCS 148 2 Declarou que realmente teria procedido assim, mas que ele era um pastor, acima de suspeita e da tentação, segundo pensara, e que desta forma lhe era seguro fazer algo que em outra pessoa seria visto como pecado. Reconhecia que esse raciocínio era errado, mas a cada vez que se fazia menção do assunto, tratava de apresentar desculpas. -- Carta 53, 1888, 10 de Fevereiro de 1888. TCS 148 3 Sem confissão, não há conversão -- Estimado irmão Church: Você poderá dizer: Porventura o Senhor lhe mostrou este caso peculiar do irmão M e a Sra. N? TCS 149 1 Tivesse eu aqui o meu diário, escrito durante a última viagem pela Dinamarca, Noruega e Suécia, poderia ler-lhe algumas das coisas ali anotadas. Durante uma visão noturna achava-me eu passando pelos recintos da instituição, quando contemplei cenas ali ocorridas, em que havia familiaridade de homens com mulheres, e de mulheres com homens. Minha alma perturbou-se profundamente, de modo que me levantei e anotei estas coisas à uma da madrugada. ... TCS 149 2 Foi-me revelado que, em certa oportunidade, quando o Espírito do Senhor agiu sobre os que se achavam vinculados à instituição, que algumas confissões foram feitas. Parecia que as pessoas estavam reunidas para o culto. O irmão M encontrava-se em pé, e o Espírito de Deus estava tocando profundamente seu coração para que confessasse sua conduta, saindo das trevas para a luz. Mas ele falou apenas em termos gerais. Não limpou a alma das manchas do mau procedimento de sua ligação com a irmã N. Tremeu durante alguns momentos, enquanto sob o Espírito de Deus, mas recusou-se a humilhar a alma diante de Deus, tomando Sua cruz. TCS 149 3 Caminho divergente tendo a Satanás como líder -- A partir desse tempo ele começou a andar em escuridão, contrariamente à luz e à verdade. Exercia uma influência modeladora sobre a irmã N. Durante certo tempo ela sentiu que jamais seria livre, a menos que fizesse humilde confissão. Mas o irmão M acomodou as coisas de modo a satisfazer a si mesmo. Ele poderia haver empreendido uma obra correta; poderia haver saído das trevas para a luz; poderia haver-se aproximado de Deus; assim o Senhor haveria lhe perdoado os pecados e erguido diante dele um baluarte contra o inimigo. Mas ele verdadeiramente se desviou da luz e das convicções produzidas pelo Espírito de Deus, procedendo como os judeus de Nazaré quando Cristo anunciou a Si mesmo como sendo o Ungido. ... É algo muito perigoso, sob tais circunstâncias, abrir o coração à descrença, o que faz o Espírito de Deus afastar-Se. ... TCS 150 1 Constitui constante obra de Satanás levar as mentes a negarem a luz. Com apenas um passo a pessoa desvia-se da vereda reta e adentra um caminho divergente, onde o líder é Satanás. -- Carta 33, 1888, 21 de Março de 1888. TCS 150 2 Cura das feridas do pecado -- Estimado irmão M: Tenho carregado pesado fardo de alma por sua causa, mas ao mesmo tempo mantenho firme confiança de que Deus Se valerá desta oportunidade para mostrar-lhe seus equívocos e erros. Desejo tanto que, por amor a si mesmo e a Cristo, você humilhe o coração através da confissão de seus pecados, para que o fardo possa ser aliviado de sobre a sua alma, e as orações de seus irmãos se unam a suas próprias orações, e assim você possa ser curado das feridas que o pecado produziu. ... TCS 150 3 Meu irmão, você se desviou da luz a fim de andar em caminhos escuros. Quando eu tentava com tanta sinceridade atuar em seu favor, quando em agonia e angústia por sua causa em _____, por que o irmão não teve piedade de mim e de si mesmo? Por que não retirou de sobre meus ombros este fardo esmagador, reconhecendo os seus pecados? Por que não teve consideração para com Jesus, novamente crucificado e exposto a aberta vergonha por você? Por que negou a Cristo? Ó, meu irmão, minha alma sente profundamente por você! Tenho lhe exposto com franqueza o seu caso à luz do modo como me foi apresentado, e não estou exagerando ao dizer-lhe que minha alma foi esmagada pela angústia. Por que você permaneceu impassível, como se não se sentisse impressionado? TCS 150 4 Necessidade de genuíno arrependimento -- Por que você se justificou em cada ponto, permitindo que esse peso pressionasse mais e mais a sua própria alma, trazendo também tão grande fardo sobre mim? Por que manifestou essa fria, gelada, hesitação em reconhecer seu mau procedimento? Porventura é o elevado padrão da santa lei de Deus demasiado severo? Será que a negação do eu, a suave pureza de pensamentos que se requer, é demasiado restringente, excessivamente incômoda para ser suportada? Nenhuma exigência lhe é feita que não tenha em vista aumentar sua alegria em obedecer. Sei que você está sofrendo. Sei que se sente infeliz e estou sofrendo a seu lado, pois você é um membro do corpo de Cristo. TCS 151 1 Você já desfrutou em grande medida do amor de Jesus e da paz de Cristo. Terríveis dúvidas e incertezas torturam-lhe agora a alma. Por que não submeter-se a Deus? Por que encerrar a alma em barreiras que impedirão a luz de entrar? Porventura o meu irmão verá e apreciará o valor da própria alma e do trabalho de Cristo, para que o dom da vida eterna seja colocado ao seu alcance? Existe grande poder na expiação. Sua mente acha-se conturbada, e toda a sua alma se encontra sob desesperada necessidade de um médico. TCS 151 2 Não posso desistir de você. Tenho de vê-lo cumprindo aquilo que Deus designou que você fosse, pleno de arrependimento e remorso, os quais serão seguidos de um doce senso de perdão e de pura e santa alegria. Jesus sente tristeza por você; tem piedade de você; deseja salvá-lo. Não quer de modo algum que você se perca, mas quer que experimente a vida eterna. TCS 151 3 A lei de Deus é o único padrão de justiça -- Deus não Se afastou de você, antes foram os seus pecados e as suas iniqüidades que separaram sua alma de Deus. Acha-se enfermo pelo pecado e necessita de um médico. Contemple-se no espelho, a sagrada lei de Deus, a qual representa o único padrão de justiça. Ela é o detector do pecado. Contemplará você os seus pecados à luz da lei? Terá fé em Jesus como o Salvador que perdoa pecados? A lei real se encontra diante de você, e lhe é necessário preencher os requisitos da mesma. Ela é o único padrão de justiça; é ela quem mede sua vida e caráter. Sinto-me triste e ao mesmo tempo compelida a dizer-lhe que você é um transgressor da lei. A fé prática em Jesus Cristo é a única coisa capaz de salvá-lo; o precioso sangue de Jesus, tão-somente, limpá-lo-á de todas as manchas e nódoas do pecado. TCS 152 1 Vívida visão do adultério -- Enquanto estive na Europa, as coisas que transpiraram em _____ foram-me apresentadas. Uma voz me disse: "Segue-me, e lhe mostrarei os pecados que são praticados por pessoas em posições de responsabilidade." Percorri os recintos e vi você, um vigia sobre os muros de Sião, em grande intimidade com a esposa de outro homem, traindo sagradas responsabilidades e tornando a crucificar o seu Salvador! Porventura você se lembrou de que havia um Vigia, um Ser Santo, a testemunhar todas as suas más obras, observando suas ações e escutando suas palavras, e que tudo isso foi registrado nos livros do Céu? TCS 152 2 Ela estava sentada em seu colo; vocês se beijavam. Outras cenas de paixão, olhares e conduta sensuais me foram apresentadas, as quais me fizeram sentir um calafrio de horror. O seu braço enlaçava a cintura dela, e a paixão expressa na ocasião tinha uma enfeitiçante influência. Foi então erguida uma cortina e vi você e a irmã N na cama. Meu guia disse: "Iniqüidade, adultério." ... TCS 152 3 Insensível como uma pedra -- Quando tentei lhe mostrar o grave caráter do pecado de um vigia sobre os muros de Sião à vista de Deus, você pareceu não sentir o peso do mesmo, antes se demonstrou insensível como uma pedra. Sei que você está procurando ocultar seus caminhos do Senhor. Naquela ocasião não os revelei a você, do modo como estou fazendo agora, de forma escrita. Não desejo dar a conhecer este assunto a outras pessoas, pois tenho a esperança de que você veja e sinta o mal e confesse o seu pecado a Deus e a seus irmãos, fazendo uma obra de limpeza, e assim venha a ter essa abominável mancha removida de sua alma através da purificação do sangue de Jesus Cristo. Você ainda não confessou seus erros. Tem praticado grande iniqüidade; cometeu adultério, quebrando o sétimo mandamento. TCS 153 1 Durante todo esse tempo estive carregando este pesado fardo em meu coração. Quando tivemos a reunião em _____, você sabia exatamente o que devia confessar. Sabia que as advertências provinham de Deus; que eram verdadeiras as comunicações que eu lhe enviara da Europa. E quando carreguei esses fardos a ponto de minha alma sentir-se esmagada, você obteve a simpatia de seus irmãos, deixando na mente deles a impressão de que eu não estava sendo justa, mas parcial e muito severa; que você estava sofrendo sob acusações difíceis de suportar; que os testemunhos que eu apresentara eram o meu próprio julgamento, minhas próprias palavras; que eu o havia prejudicado; e que falsas informações sobre a sua pessoa haviam sido levadas a mim. Mas, meu irmão, coisa alguma poderia ser mais enganosa do que isso. ... TCS 153 2 Dúvidas nos ganchos de Satanás -- Mostrei-lhe que sua posição como ministro do evangelho faria com que uma conduta como a seguida por você se tornasse uma vergonha para a causa de Deus, assunto de escândalo, e suas ações fossem um cheiro de morte, e não de vida. Quando cai o porta-bandeira, quem permanecerá na luta? Quando a cruz é derrubada por aqueles que deveriam mantê-la erguida, em quem se poderá crer? O que pode ser mais tremendo do que um ministro de Jesus Cristo transgredir os mandamentos? Consigo ver apenas uma forma de você escapar -- rompa de uma vez os laços das tentações de Satanás, e corra em direção à luz! Mesmo os pastores que alegam crer na verdade serão nada mais que guias cegos se a verdade não se encontrar entronizada em seu coração, se não ocorrer uma completa transposição das trevas para a luz. São nuvens sem água. Insisto com você, caso se preocupe com o seu bem-estar eterno, quanto à positiva necessidade de ter a verdade entronizada no coração, pois então os seus princípios lhe santificarão o caráter. ... TCS 153 3 Você tem apresentado estes assuntos segundo a própria visão, de que as comunicações da Sra. White não são do Senhor, antes uma parcela do pensamento pessoal dela, seu próprio julgamento, que não é melhor que o julgamento ou a idéia de qualquer outra pessoa. Este é um dos ganchos de Satanás em que você pendura suas dúvidas para enganar a sua alma e a de outros que ousarão tomar partido nesta questão e dizer: "Esta porção que me agrada provém de Deus, mas esta outra, que aponta e condena minha conduta, provém apenas da irmã White, e não traz sobre si o sinete sagrado." Desta forma você tem virtualmente rejeitado a totalidade das mensagens, a qual Deus, em Seu terno e piedoso amor, lhe tem enviado a fim de salvá-lo da ruína moral. TCS 154 1 A verdade que condena -- Deus lhe apresenta a Sua vontade e os Seus caminhos, que se encontram em marcante contraste com aquilo que o seu caso requer, e assim você está sendo provado se aceitará a reprovação, cairá sobre a Rocha e será despedaçado, ou se sentirá envergonhado diante das incisivas declarações que atingem fundo a sua alma, em virtude de [a reprovação] ser verdade e condená-lo, e isso o faz sentir que sou como uma inimiga sua. Hebreus 4:12. Existe alguém por trás de mim, e esse Alguém é o Senhor que enviou a mensagem, a qual agora é rejeitada, desprezada e desonrada por você. Tentando a Deus você se desanimou, resultando disso confusão e cegueira mental. Uma feroz determinação tomou conta de seu coração através de um espírito de oposição às admoestações. ... TCS 154 2 Você necessita realizar em favor de sua alma um trabalho que ninguém mais pode empreender. Sua conduta fundamentada no erro tem sido o modo de ajudar outros a fazerem a mesma coisa. Você jamais esteve sozinho. Aquela mão que traçou os caracteres na parede do palácio de Belsazar estava a registrar nos livros celestiais as ações e palavras que levaram Cristo a envergonhar-Se de você. Respeitosa cortesia não foi demonstrada por você àqueles aos quais deveria haver tratado com respeito e para cujas necessidades deveria haver estado atento. Estes procedimentos ímpios o inabilitaram para a obra do Senhor; entretanto, com suas mãos impuras você tomou a Bíblia e dirigiu o culto, e na posição de porta-voz de Deus tomou a frente para pregar ao povo. Onde estava a sua consciência? Onde estava a sua humildade? Onde o seu temor de Deus? O que ocorreu com o seu fiel trabalho em manter o Health Retreat [Retiro da Saúde] funcionando nos mais elevados padrões? -- Carta 16, 1888, 30 de Abril de 1888. TCS 155 1 O Senhor vive -- Tivemos uma reunião particular, na qual humildes confissões foram efetuadas pelo irmão M e o irmão e a irmã N. ... TCS 155 2 Bem, o Senhor vive. Tive uma dura batalha e algumas preciosas vitórias foram obtidas. O irmão M agora se encontra numa correta condição mental, humilde, terno e quebrantado diante de Deus. Humilde como uma criança. Não vislumbro nenhum outro caminho senão manter o claro testemunho em amor e paciência. -- Carta 27, 1888, 29 de Maio de 1888. ------------------------Capítulo 23 -- Um possível superintendente de hospital TCS 155 3 A separação da família não é sábia -- Irmão O: Preciso dizer-lhe algumas coisas, pois sua conduta merece censura. Você conhece o procedimento do irmão M e de outras pessoas relacionadas com o Health Institute, e quão difícil tem sido remover as impressões uma vez causadas. Você conhece a história do passado e a desonra e desgraça que ainda pendem sobre a instituição, e o povo de St. Helena não ignora a grande maldição que caiu sobre ele em conseqüência da conduta moral de alguns que estiveram vinculados à instituição. TCS 155 4 Não consigo sentir que seria algo positivo o irmão atuar na qualidade de superintendente da instituição de saúde, pois não é um homem sábio. Está aqui distante de sua esposa e família, quando deveria estar com eles; se, contudo, existem razões que justifiquem a separação, sua forma de agir deve ser totalmente diferente do que tem sido. Possuísse você a santificadora influência da graça de Cristo no coração, tomaria cuidado com sua conduta e evitaria toda aparência do mal. TCS 156 1 Seu procedimento tem sido de molde a abrir a porta da tentação a muitas almas, e conseqüentemente muitos se perderão. Você poderá reformar-se, poderá perceber seus erros, porém jamais será capaz de remover as impressões que foram deixadas. TCS 156 2 Reprovada a familiaridade com o sexo oposto -- Irmão O, você está sendo observado com olhos críticos. Sua atenção para com mulheres jovens é imprópria. Dar tanta atenção à família P está fora de lugar. A Sra. P já arruinou um bom homem. Este assunto me foi exposto tal qual um livro aberto. Foi-me dito nas revelações noturnas que você não se encontra qualificado para encarar grandes ou mesmo limitadas responsabilidades, a menos que se arrependa e se torne um homem transformado. Deus não poderá acompanhá-lo enquanto você persistir nessa conduta. Meu guia orientou-me a segui-lo, e foi-me mostrada a sua pueril familiaridade com garotas, e sua particular simpatia para com a Sra. P e suas filhas. A mãe fica na cama grande parte do tempo, quando deveria empenhar-se em alguma atividade útil no cuidado de sua família. TCS 156 3 Sua familiaridade para com a mãe e as filhas foi-me exposta. Suas atenções e presentes falam mais alto até mesmo do que suas lisonjeiras palavras. Você está desagradando a Deus, e os Céus contemplam suas ações com desaprovação. ... Possuísse você um novo coração, seus motivos, ações e modo de proceder haveriam de constituir um exemplo do caráter cristão tanto a crentes como a descrentes. Tenho visto o seu caso da forma como Deus o vê, e o apresento a você agora. Teria sido melhor, muito melhor, se você houvesse se desligado do Health Retreat há alguns meses. TCS 156 4 Esta liberdade e gentileza para com mulheres jovens não é a demonstração exterior de amável simpatia cristã. ... Se você considera estas coisas como se não merecessem ser mencionadas, você as repetirá. Investigue sua vida passada, e permita que o gosto pela moralidade seja criado por meio da purificação do templo da alma. Deixe de lado suas desculpas, pois de fato não as tem. Suas idéias necessitam de renovação moral, e então você passará a ver as coisas sob uma luz diferente. Deus convoca para a realização desta obra homens que sejam puros de coração e tenham pensamentos incorruptos, tendo em vista unicamente Sua glória. ... TCS 157 1 A religião não é meramente um manto -- Deus vê o coração, os atos e os propósitos da mente. Dever-se-ia escrever na consciência, como que "com pena de ferro" (Jó 19:24) sobre uma rocha, para que o homem que espera genuíno sucesso enquanto viola os eternos princípios do direito, conforme escritos nos livros celestiais, não se mostre apenas tolo, mas ímpio. Pode o homem esquecer que Deus o vê? Apartar-se-á você, meu irmão, dos ídolos? Seu senso moral se encontra obscurecido. Ore para que Deus lhe traga todas as coisas à lembrança, e assim consiga vê-las como realmente são. Não utilize a religião de Cristo como um manto; revista-se, porém, do Senhor Jesus Cristo. TCS 157 2 Prova de um cristão verdadeiro -- A conversação de um homem que pretende crer nas verdades para esse tempo deve centralizar-se no Céu, e não ser comum, mundana, vulgar, sensual. Máximas santificadas precisam ser adotadas, de outra forma tal homem andará contrariamente a Cristo, enganando o mundo e traindo a verdade. Por que, oh, por que professos cristãos se conservam num nível tão baixo quando possuem um evangelho tão puro e perfeito? TCS 157 3 Vigie sua religião com intenso cuidado, e permita que a Palavra de Deus habite plenamente em você. Faça a si mesmo a pergunta: Sou eu um cristão? Amo a meu próximo como a mim mesmo? Observo a regra áurea, de fazer aos outros o que desejo que façam a mim? Poderei ser cristão e ao mesmo tempo poluir e manchar minha alma com imaginações pecaminosas e corruptoras? Foi o pecado que crucificou o Redentor do mundo. Homens aparentemente corretos praticam coisas estranhas, decididamente contrárias aos oráculos divinos. Sua justiça é mera pretensão diante dAquele que vê o coração. Não devemos estudar e planejar em favor de nossos próprios interesses, mas conservando puro nosso coração ser um exemplo aos jovens e a todos aqueles com quem nos associamos. -- Carta 5, 1890. ------------------------Capítulo 24 -- Um médico TCS 158 1 Idéias errôneas no tocante à relação matrimonial -- Dr. Q, sua mente não tem sido saudavelmente exercitada em todas as oportunidades, desde que você chegou ao Health Retreat. Suas idéias no tocante à relação matrimonial têm-se demonstrado errôneas. Coisa alguma a não ser a violação do leito matrimonial pode quebrar ou anular o voto do casamento. Vivemos em tempos perigosos, quando não existe segurança em coisa alguma, exceto na firme e inabalável fé em Jesus Cristo. Não existe coração que não possa ser desviado de Deus através das artimanhas de Satanás, se a pessoa não se mantiver vigilante em oração. TCS 158 2 Sua saúde poderia encontrar-se em condição muito melhor, estivesse você com a mente em paz e tranqüila; ela tornou-se, contudo, confusa e desequilibrada, e você raciocinou de modo incorreto neste assunto de divórcio. Seus pontos de vista não podem ser sustentados a partir da posição da qual você raciocina. Os homens não se encontram na liberdade de criar para si mesmos um padrão legal que ignora a lei de Deus, e satisfazer as próprias inclinações. Precisam eles chegar ao grande padrão moral divino de justiça. TCS 158 3 Se a esposa é descrente e opositora, o marido não pode, à vista da lei de Deus e unicamente por este motivo, separar-se dela. Para poder achar-se em harmonia com a lei de Jeová, precisa ele conviver com ela, a menos que, pela própria vontade ela decida afastar-se. Embora tenha ele de sofrer oposição, sendo oprimido e incomodado de várias formas, encontrará conforto, força e apoio em Deus, o qual é apto a oferecer graça para toda emergência. Deverá ser um homem que possua mente pura, princípios firmes e verdadeiramente decididos, e Deus lhe concederá sabedoria em relação ao caminho que deve seguir. O impulso não controlará sua razão, mas esta manterá firmes as rédeas nas mãos, de modo que a paixão fique sob restrição. TCS 159 1 O casamento é tão duradouro quanto o Sábado -- Homens colocados em posições importantes, como os que se encontram no Health Retreat, tornam-se especial objeto dos ataques de Satanás. São necessariamente colocados em contato com homens e mulheres. Alguns destes possuem uma natureza baixa, apaixonada e sensual, os quais, quando tentados, serão capazes de fazer qualquer coisa, sem consideração para com Deus, a despeito das conseqüências. Serão capazes de romper as barreiras da relação matrimonial, a fim de poderem formar novas ligações. TCS 159 2 Deus apresentou apenas uma causa justa para que a mulher deixe seu marido, ou o marido sua esposa, que é o adultério. Que este assunto seja considerado com muita oração. Desde a criação foi o casamento constituído por Deus como uma ordenança divina. Foi no Éden que isso aconteceu. O sábado do quarto mandamento também foi instituído no Éden, ao serem lançados "os fundamentos da Terra", "quando as estrelas da alva, juntas", cantavam e os filhos de Deus "rejubilavam". Jó 38:4, 7. Portanto, que a divina instituição do casamento esteja diante de você em posição tão duradoura quanto o sábado do quarto mandamento. TCS 159 3 Perguntamos: O que pode ser dito ou realizado para interromper o declínio moral que se está enraizando no Health Retreat? Queira Deus perdoar os que durante anos vêm tendo a experiência de estar vinculados à causa e obra de Deus, e ainda assim através de suas práticas são responsáveis por um estado de coisas que coloca em perigo a virtude, a modéstia e o respeito próprio de moças e senhoras. Tenho de colocar diante de você aquilo que sei, a partir da luz que Deus aprouve conceder-me. Foi-me mostrado que homens e mulheres que apreciam a religião de Jesus Cristo não serão inquietos, desassossegados, descontentes e instáveis; a paz de Cristo no coração produzirá solidez de caráter. TCS 160 1 Santidade do concerto matrimonial -- Em sonhos no período noturno, fui colocada em conexão com o Health Retreat. Senti-me entristecida por vê-lo infeliz e muito desanimado. ... Entretanto, no momento em que eu me perturbava por causa desta revelação, havia alguém falando com você, Dr. Q. Suas palavras eram de reprovação, porém mescladas com terna compaixão. Farei o melhor possível para passar-lhe o sentido daquilo que ouvi. Ele disse: TCS 160 2 "Você está alimentando o desânimo, porém, isso não é sábio; você se tornará enfraquecido e ineficiente. Isso dará ao inimigo vantagem sobre você. Deus gostaria que você se aproximasse mais dEle, a fim de refletir a imagem e caráter de Cristo. Seu coração é a sede de muitos sentimentos tumultuosos, e você não está lutando vigorosamente para vencê-los. Não está aplicando todo o coração e vontade à obra de purificar o templo da alma. Sua mente está se exercitando de modo imprudente na questão de você divorciar-se de sua esposa. Deus não o está conduzindo neste assunto. Você não está conservando o problema dentro dos limites da própria mente. Está a propalar suas idéias e planos a outras pessoas, e ao assim proceder está preparando o caminho para que Satanás afete a mente de outros através das sugestões que você faz. TCS 160 3 "O assunto do compromisso matrimonial não é considerado por você de maneira santa e elevada como deveria, e certamente correrá o risco de seguir uma conduta errada, colocando outros em perigo através de suas sugestões. Sua mente, enquanto submetida a este assunto, não poderá estar preparada para empreender o melhor trabalho, e lhe é impossível buscar sinceramente a bênção do Senhor, a menos que se coloque em terreno mais elevado. Você tem causado positivo dano ao coração e mente de outros. Feche rapidamente a porta do coração, que foi aberta ao inimigo. Abra amplamente a porta do seu coração a Jesus e convide-O a entrar. Terá então um ponto de equilíbrio para a sua natureza um tanto erradia, e assim aplicará todo o ser ao trabalho, compreendendo a sua importância. Aperfeiçoe cada oportunidade para direcionar sua vida no sentido ascendente, exercendo firme e saudável influência. Não perca tempo com esse assunto. Se deseja ser um homem livre e feliz, precisa resistir ao inimigo. ..." TCS 161 1 Pensamentos em conduto mais elevado -- Dr. Q, sua mente não se encontra em estado saudável. Você a centraliza em coisas que não lhe trazem um saudável estado físico ou mental. Precisa modificar seu coração; assim seus pensamentos fluirão por um conduto mais alto e mais puro. Você aprecia a companhia de mulheres e garotas. Isso lhe é uma armadilha. Em uma instituição como essa, a mente do médico precisa erguer-se constantemente a Deus em busca de força e sabedoria. Existe permanente perigo de que os pensamentos desçam a baixo nível. A menos que o Senhor seja o centro de atração, a menos que Ele seja uma especial defesa contra as tentações do inimigo, Satanás adquirirá poder sobre sua mente e o separará de Deus. TCS 161 2 Necessária a religião do coração -- Num sonho, em outra oportunidade, você foi apresentado diante de mim. Sua cabeça achava-se encurvada sobre a mesa. Encontrava-se quase inconsciente. Foram-lhe ditas palavras com firme e decidida ênfase: "Tire isso de suas mãos! Não precisa praticar tal coisa; sua vida não lhe pertence; estes medicamentos não são necessários para trazer-lhe paz e descanso. O que necessita é religião interior, um coração purificado, refinado, elevado acima das coisas comuns, que se apegue ao que é divino. Seja homem. Chame sua esposa para junto de si, torne-se mais familiarizado com a verdade, permita-se ser moldado pelo Espírito de Deus, e assim encontrará a paz. Se agir de modo correto, se apegar-se firmemente à verdade, se conservar a própria alma no amor de Deus, achar-se-á nas mãos do Senhor como instrumento para salvação de sua esposa; ela, por sua vez, caso aceite as verdades de origem celestial e venha a ser humilde e meiga seguidora de Cristo, tornar-se-á nas mãos de Deus um conduto de grande bênção para você. ..." TCS 162 1 Pois bem, Dr. Q, erga-se na virilidade que Deus lhe concedeu! Carregue todos os dias a cruz de Cristo, eleve seus pensamentos a um conduto mais elevado e mais puro. Respeite seus votos matrimoniais, e torne-se servo de Deus para o soerguimento dos seres humanos. Se você se tornar um vencedor, achar-se-á entre aqueles que possuirão todas as coisas; será seu o "eterno peso de glória". 2 Coríntios 4:17. TCS 162 2 Resultados da familiaridade indevida -- Existe um animal que causa enfraquecimento ao braço no momento em que o toca. Os músculos tornam-se como que paralisados. De modo similar acontecerá espiritualmente com você, se for permitido a seus pensamentos seguirem um certo rumo, ao você oferecer atenções e preferências a jovens solteiras ou a mulheres casadas. Toda esta familiaridade representa a morte da espiritualidade. TCS 162 3 Permita que suas afeições e simpatias se entrelacem com Deus, do contrário seus impulsos se tornarão impuros, seu caráter defeituoso, seu coração afastado de Deus. Quem poderia tocar ou manusear aquilo que polui, e ainda assim permanecer puro? A alma não pode prosseguir pura enquanto respira uma atmosfera que macula e corrompe. Tais coisas afastam de Deus o coração. A alma definha e se deforma, porque a tenda está montada demasiado próximo a Sodoma, para que se possa respirar a pura atmosfera celestial. TCS 162 4 Nossa única segurança -- A violação de um único preceito divino significa violência à nossa natureza moral. Por amor a Cristo, imploro-lhe que alcance mais elevado padrão. Entregue-se sem reservas ao Senhor. Você precisa aprender a lição de que sua única segurança está em preencher os requisitos de Deus, apresentando seu corpo em "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é... [seu] culto racional". Romanos 12:1. Então a Palavra de Deus será considerada como um guia prazenteiro e proveitoso, uma luz para seus pés e lâmpada para seu caminho. Salmos 119:105. Então você será capaz de suportar as perplexidades, e elas não o vencerão; pois entenderá que a sua alma se encontra ancorada na Rocha eterna, e você permanecerá na singela verdade de Deus. -- Carta 8, 1888. ------------------------Capítulo 25 -- Uma colportora TCS 163 1 Conselho a uma colportora -- Recebi de você duas cartas, e desejo aliviar a sua mente se eu for capaz. Sua posição foi de grande destaque e Deus me concedeu uma decisiva mensagem para você. A julgar pelos fatos a mim apresentados, não considero seu caso como sendo sem esperança; entretanto, sua percepção quanto ao que é correto ou errado era tão baixa, que se tornou inteiramente inseguro para você estar viajando, colportando, dando estudos bíblicos e expondo-se a tentações. Você é uma pessoa incapaz de distinguir na Palavra de Deus o que é pecado, ao entregar seu corpo a fim de ser poluído por um homem, seja o que for que ele professe, e depois julgar que está perdoada. Este assunto me foi apresentado como sendo um pecado hediondo à vista de Deus, e no entanto seus sentidos se encontravam tão obscurecidos e desmoralizados, que você prosseguiu vendendo nossos livros religiosos e dando estudos bíblicos, enquanto praticava fornicação. TCS 163 2 Reprovação divina -- A lei de Deus proclamada no Sinai declara: "Não adulterarás." Êxodo 20:14. Ainda assim você, que transgride a lei de modo tão marcante, ensina a Bíblia a outros. Deus não aceitou os seus esforços. Você pergunta se o Senhor me deu aquela carta para eu entregá-la a você. Afirmo-lhe que sim. O Deus de Israel não será servido com os seus pecados. Tal mensagem foi dada por Deus. Houvesse você tido, desde que recebeu a mensagem, uma nova percepção daquilo que constitui pecado, houvesse você se convertido genuinamente, tornando-se filha de Deus em lugar de ser transgressora de Sua lei, ninguém se teria sentido mais contente do que eu. Não me seria possível apresentar-lhe o seu pecado em linguagem excessivamente forte. TCS 164 1 Tão baixa percepção de pecado -- Foram apresentadas diante de mim diversas pessoas, de diferentes Estados, empenhadas na obra de colportagem, que não estão aptas a manterem qualquer tipo de relação com a obra de Deus. Elas O desonrariam e trariam vergonha à verdade. Fariam pouco caso do pecado. Estão desonrando o próprio corpo. Dentre todo esse grupo de pessoas, entretanto, nenhuma apresentava tão pequena noção do que seja o pecado quanto você. Quem quer que seguisse a conduta que você seguiu, e aparentemente sem dar-se conta do crime e degradação implicados na mesma, estaria em situação terrível. Você não possuía percepção do agravante caráter do pecado. TCS 164 2 A paciência divina para com os pecadores -- Foi dada a Jonas a mensagem de que em quarenta dias Nínive seria destruída. A ímpia cidade arrependeu-se e Deus a poupou, pois reis e nobres se humilharam grandemente diante de Deus, e o Senhor deu a Nínive oportunidade de se arrepender. Se o Senhor, em Sua grande misericórdia, tratar o seu caso de maneira semelhante, oh, como serei agradecida! Se Ele permitir a você tempo de graça a fim de que manifeste o arrependimento do qual não é necessário arrepender-se, porque você percebe e sente a real natureza do pecado, aborrecendo a si mesma em virtude de seu pecado e apresentando semelhante grau de aborrecimento pelo pecado em si, o Senhor é gracioso, cheio de piedosa misericórdia e amorável bondade. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. TCS 164 3 Acredito que você confessou o seu pecado, e que Deus lhe perdoará, conforme prometeu. A única preocupação que tenho em mente é que aquela falta de percepção quanto ao que constitui pecado, ao prostituir seu corpo oferecendo-o a um adúltero, libertino, enquanto você se achava vinculada à obra de Deus, dando estudos bíblicos, como se o Senhor pudesse ser servido de seus pecados enquanto você se empenhava em Sua obra e voluntariamente buscava os braços do adúltero [ainda representa uma fraqueza para você]. TCS 165 1 Misericórdia divina para com a cidade de Nínive -- Comuniquei-lhe o assunto tal qual me foi apresentado, e digo-lhe que Deus aborrece todas essas coisas. Se as sensibilidades morais são estimuladas, são-no pelo poder convertedor de Deus. Se você tiver o caráter transformado, o Senhor tudo saberá. E se através do arrependimento você for erguida a um padrão elevado e santo, não posso afirmar que o Senhor não considerará o seu caso sob a mesma luz como considerou Nínive. TCS 165 2 Disse o rei de Nínive: "Sejam cobertos de pano de saco, tanto os homens como os animais, e clamarão fortemente a Deus; e se converterão, cada um do seu mau caminho e da violência que há nas suas mãos. Quem sabe Se voltará Deus, e Se arrependerá, e Se apartará do furor da Sua ira, de sorte que não pereçamos? Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus Se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez." Jonas 3:8-10. Leia cuidadosamente o texto, e se o Senhor lhe confiar a Sua obra, não terei qualquer palavra de objeção. Isso é tudo quanto posso dizer. TCS 165 3 Por favor, leve o seu caso ao Senhor, e se você se mantiver em comunhão com Ele, certamente ouvirá as suas orações e conduzirá o seu discernimento. Meu coração sente piedade de você. Na primeira vez, o pecado foi cometido sem muito tempo para reflexão; os demais pecados foram cometidos depois de haver tempo para reflexão, depois de haver tempo para considerar o assunto à luz da Palavra de Deus, à vista do sétimo mandamento. TCS 165 4 Que você tenha submetido voluntariamente o seu corpo ao homem que a levou a desviar-se, e você se envolveu em buscar orientar outras mentes no tocante aos mandamentos, representa uma decidida demonstração de depravação, e revela um caráter a mim apresentado como indigno de confiança; e você foi incapaz de discernir por que não poderia prosseguir com a obra tal como antes o fizera. TCS 166 1 A confissão pública nem sempre é o melhor -- Deixo, porém, o assunto onde este se encontra. Poderia dizer-lhe que procure pessoas dignas de confiança na Associação (não homens, mas mulheres), e fale com elas; entretanto, inclino-me a crer que se você o fizer, estaria dando publicidade a tais coisas, levando todas as pessoas a se afastarem de você; elas não estimulariam e nem aceitariam você em qualquer ramo da obra, no momento em que compreendessem as coisas tais quais são. Tenho agora de deixar este assunto entre você e Deus, e, por bondade, não mais me perturbe com ele. Não estou disposta a expor você, antes quero deixá-la a desenvolver o caráter. Tenho piedade de você e espero que aja de modo discreto, e venha a tornar-se aquilo que Deus quer que você seja. -- Carta 95, 1893. ------------------------Capítulo 26 -- Um evangelista público TCS 166 2 Forte para comover multidões, fraco para dominar-se -- Você perceberá, antes que estas palavras cheguem a você, que o Senhor uma vez mais visitou Seu povo ao conceder-me um testemunho. Nesta visão foi-me mostrado que você não estava se mantendo sob a clara luz, e se encontra em perigo de trazer vergonha sobre a causa de Deus ao agir segundo bem lhe parece. É intento de Satanás destruí-lo. Ele está procurando manter a sua mente num estado de constante agitação, estimulando-a a espalhar lama e lixo em lugar dos pacíficos frutos da justiça. ... TCS 167 1 Entretanto, irmão R, foi-me revelado que agora você deve demonstrar-se muito circunspecto em sua conduta e palavras. Você está sendo vigiado por inimigos. Como homem forte que é, quando se trata de comover as multidões, você revela grandes fraquezas. Ao achar-se agora separado de sua esposa, haverá lugar para suspeitas e ciúmes, e levantar-se-ão falsas acusações mesmo que não dê ocasião para elas. Contudo, se não for cauteloso, trará vergonha à causa de Deus, o que será muito difícil remover. Talvez sinta, conforme me foi revelado, que se não fosse viver com sua esposa, desejaria sentir-se livre dela. Você se acha desassossegado, desconfortável e inquieto. Satanás está tentando fazer você agir como um tolo. Agora é a ocasião de você se revelar um verdadeiro homem, exibindo a graça de Deus através de sua paciência, fortaleza e coragem. ... TCS 167 2 O perigo dos confidentes -- Você necessita consagrar-se a Deus, e não ficar remoendo suas dificuldades. Tenha cuidado em não tornar mulheres suas confidentes, nem permitir-lhes que façam de você o seu confidente. Tanto quanto possível, mantenha-se afastado da companhia de mulheres. Você estará em perigo. Lembre-se de que estamos vivendo entre os perigos dos últimos dias. Quase tudo se encontra podre e corrompido. TCS 167 3 Contemple a Deus, ore, sim, ore muito, como jamais orou, a fim de ser conservado no poder de Deus através da fé. Em Deus você poderá conservar-se incontaminado, sem mancha ou nódoa. Apegue-se firmemente a Deus. Contemple-O pela fé a fim de tornar-se participante da natureza divina, havendo escapado "da corrupção das paixões que há no mundo". 2 Pedro 1:4. Deus o fará vitorioso se você mantiver humilde vida de oração e dependente confiança. -- Carta 23, 1871. TCS 168 1 Sem prazer pela palavra de Deus -- Na última visão a mim concedida, seu caso foi-me apresentado. Estive esperando para ver se você revelaria uma consciência terna e sensível ou uma consciência cauterizada. O texto que segue já está escrito há bastante tempo, mas pensei que seria melhor esperar para ver se você agiria por si mesmo. Foi-me mostrado que você não está vivendo na luz. Afastou-se muito da luz. O Senhor tem estado a seguir seus passos com reprovações e conselhos a fim de preservar da ruína a sua alma e evitar que você se torne uma vergonha para Sua causa. Foi-me mostrado que você tem estado em retrocesso em vez de progredir e crescer na graça e no conhecimento da verdade. ... TCS 168 2 Você tem tornado garotas e mulheres o objeto de seus pensamentos, em lugar da Palavra de Deus. Sua mente tem-se revelado desassossegada e insatisfeita quando não consegue ocupar-se de garotas e mulheres. Não lhe é possível encontrar prazer no estudo da Palavra de Deus, enquanto seus pensamentos se têm demorado em assuntos que guerreiam contra a alma. Não existe desculpa para esta sua vida de leviandades. TCS 168 3 Pastor de coração dobre -- Tanto quanto me foi revelado, você é um transgressor do sétimo mandamento. Como, pois, poderia a sua mente estar em harmonia com a preciosa Palavra de Deus, com as verdades que o reprovam a cada passo? Se você houvesse sido apanhado nesta insensata aventura de forma inadvertida, seria mais desculpável, mas este não é o caso. Você foi previamente advertido. Foi reprovado e aconselhado. Aparentemente recebeu a reprovação, mas não em tal profundeza de coração para fazer morrer a mente carnal. Não empreendeu de fato o trabalho de erradicar o mal. Você logo perdeu de vista a sabedoria da corretiva vara do Senhor, e precipitou-se em grandes loucuras como sempre, à semelhança de um tolo em relação à correção de valores. Seu amor à condescendência própria tornou-se uma feroz paixão. TCS 169 1 Você gosta da companhia de garotas e mulheres. Durante uma série de conferências permitiu que sua mente planejasse e tramasse como poderia obter a companhia de mocinhas e mulheres, sem revelar seus verdadeiros sentimentos. Você correrá para a tentação quando não possuir poder moral para resisti-la. Sua mente acha-se constantemente impura, pois a fonte nunca está limpa. Você não tem encontrado alegria na diligente e cuidadosa pesquisa das Escrituras. ... TCS 169 2 Impureza de pensamento e ação -- Deus tem erguido as barreiras dos testemunhos como um muro à sua volta para guardá-lo de cair sob as enganosas artimanhas do inimigo, mas você as tem derribado todas e passado sobre tudo a fim de seguir suas inclinações. Sua tristeza pelos pecados que comete é semelhante à daqueles que, em tempos antigos, rasgavam as roupas a fim de expressar tristeza mas não afligiam a alma. Você não possui correta compreensão do que seja o pecado. Não tem sentido o grave caráter da falta de castidade do pensamento e das ações. Sua mente é carnal, e isso quase que de contínuo. Se você realmente sentisse tristeza por seus pecados, se tivesse genuína percepção de seus erros, exercitaria o arrependimento do qual não há necessidade de arrepender-se. TCS 169 3 Mais dano que benefício para a causa -- Desejo agora declarar fatos. Foi-me mostrado que sua vida e seus esforços para a causa de Deus, durante alguns anos, têm ocasionado mais prejuízo do que benefício à preciosa causa da verdade presente. Se você não houvesse tomado parte nesta obra e dela estivesse separado completamente, teria poupado de grande tristeza de coração os que amam a causa de Deus e evitado o grande trabalho que foram forçados a empreender para contrabalançar a má influência exercida por você. TCS 169 4 Todo o esforço que foi requerido para tentar mantê-lo no caminho correto e evitar que desonrasse a causa, houvesse ele sido aplicado para converter almas do erro à verdade -- e não houvessem os obreiros tido que fazer coisa alguma em relação a você -- o interesse e a força da causa da verdade presente estariam hoje melhor posicionados na Califórnia, bem como no Leste. TCS 170 1 Influência de um pastor em erro -- Satanás tem feito de você seu agente para executar seus intentos. A grande agitação e incitamento que você tem empreendido em debates de tempos em tempos, e seu aparente sucesso, estiveram a trabalhar em favor de sua justiça própria. O fato de se haver permitido que você trabalhasse do modo como o fez, enquanto seu coração não se encontrava reto diante de Deus, acarretou-lhe grande dano. Você não tem consultado o próprio coração nem afligido a alma diante de Deus. Tem considerado como muito leves os seus terríveis erros do passado. Tudo foi feito para salvá-lo da desgraça e ruína totais. Tem-se lidado pacientemente com você, e mesmo ao demonstrar-se absolutamente inapto para a obra sagrada, tendo em vista salvar sua alma, foi-lhe permitido prosseguir com suas atividades, enquanto corações gemiam e se sentiam esmagados sob o fardo de sua insensata e pecaminosa conduta. TCS 170 2 Se tempos atrás você houvesse sido relegado aos próprios caminhos até dar evidência de que Deus realmente estava com você, e tivesse mostrado ser um homem completamente transformado, poderia agora ser de alguma utilidade nesta solene obra. Foi-me mostrado, porém, que estamos todos correndo excessivo risco ao estimulá-lo a prosseguir com o trabalho de salvar pecadores para Cristo, quando seu caminho se encontra poluído diante de Deus, seu coração todo manchado de pecado. Julga-se assim que os verdadeiros servos de Deus sejam como você. Não deve por mais tempo continuar manchando a obra de Deus com este seu coração corrupto e carnal, e assim prosseguir representando miseravelmente a causa da verdade presente. TCS 170 3 Algum sucesso não constitui evidência da aceitação divina -- Para que você possa praticar o bem, necessita de uma nova vida, em harmonia com Deus. Sua natureza perversa não foi transformada. Você não se encontra em paz com Deus nem consigo mesmo. TCS 171 1 Vive no cativeiro do grande adversário das almas e em sujeição ao velho homem do pecado. Não é um homem livre em Cristo. Você necessita de uma mudança espiritual antes que Deus possa atuar por seu intermédio. Talvez argumente que tem obtido sucesso no trabalho. Muitos que se encontram em guerra com Deus também obtêm algum sucesso. Se algumas pessoas abraçam a verdade diante de argumentos convincentes que você apresenta, nem mesmo isso constitui evidência de que seu estado é igualmente aceitável a Deus. ... TCS 171 2 Uma vida de conhecido pecado mental -- Se as coisas ao menos houvessem parado por aí -- mas tal não sucedeu. Durante um curto período você sentiu a maldade de sua conduta, mas não com a amplitude com que deveria havê-lo feito -- o quanto havia sido enganado por Satanás, e se tornado presunçoso; de seus olhos jamais foi removida inteiramente a névoa. Você humilhou o coração diante de Deus e Ele aceitou sua humilhação. Em pouco tempo, contudo, você se tornou novamente descuidado, permitindo que sua mente outra vez se enchesse de pensamentos impuros. Manifestava agora um pouco mais de cautela, mas ainda cheio de engano. Sua mente esteve ativa em inventar meios para realizar os seus desejos. ... TCS 171 3 O poder de uma grande paixão tem sido sua apologia para o vício. Sua vida tem sido uma vergonha -- coisa alguma nela existe da qual você possa gloriar-se. Tem estado sob grande depressão quando não lhe é possível desenvolver alguma excitação, e quando não tem alguma jovem ou mulher para atraí-lo e escutar seus problemas relacionados com a esposa. Vergonha, vergonha é o que deveria cobri-lo em virtude de suas ações. -- Carta 52, 1876. TCS 171 4 Conversão diária para uma obra sagrada -- Deus me apresentou o seu caso em tal extensão, que não ouso permitir que você permaneça enganado quanto a sua verdadeira condição. Temo grandemente que você se inabilite para a vida eterna, e que depois de você haver pregado a outros no tocante aos reclamos da lei de Deus, fracasse em colocá-los em prática na própria vida, e assim naufrague na fé. TCS 171 5 Você se encontra tão profundamente submerso em si mesmo, que, a menos que se consagre a Deus e desenvolva diariamente viva fé em Deus e dEle obtenha graça e poder, será um empecilho para o avanço da verdade. Não consigo tolerar ver a causa de Deus sendo maculada por sua ineficiência ou por seus cegos equívocos. Precisa diariamente viver como um homem convertido, ou estará inapto para a sagrada obra na qual está empenhado. Conheço muito mais que outros a respeito de seu temperamento peculiar e dos perigos que enfrenta. TCS 172 1 Apelando à simpatia de mulheres -- Seus problemas com as irmãs decorreram de você procurar encontrar nelas simpatia. Relata-lhes as suas provações e apela à piedade delas, que imaginam ser você um grande sofredor. Deixa-se então levar por seus sentimentos, manifestando uma aparência de alguém que está quase a enfrentar o martírio. Induz as mulheres a lhe proverem cuidados e atenções que realmente não são adequados, colocando a si próprio numa posição em que é facilmente tentado. De suas provações passadas você deveria ter aprendido a evitar até mesmo a menor aparência de familiaridade com as irmãs, solteiras ou casadas. Que suas afeições se centralizem em Deus. Repouse nEle em busca de apoio, em vez de buscar a simpatia humana. TCS 172 2 Você é muito fraco nesse sentido, mas a causa de Deus não deve ser maculada por sua fraqueza e indiscrição. Este é o seu perigo, e ao ser você vencido, sobrevirá à causa de Deus uma ferida que jamais poderá ser totalmente curada. -- Carta 53, 1876. TCS 172 3 Atitude do evangelista após a perda de credenciais -- Prezado Senhor: Tenho me sentido excessivamente perturbada com o seu caso, contudo não sabia o que dizer-lhe. Tenho sentido grande relutância em dizer uma palavra que pudesse desencorajá-lo, pois sei quão terrível tristeza pode o desencorajamento trazer à alma. Quando as suas credenciais não foram renovadas, pensei que você se aquietaria e estaria disposto a aposentar-se; que entenderia que, fosse esta possibilidade consistente com a razão e a religião, e face à grande necessidade que temos de obreiros, você receberia as credenciais. Não consegui usar minha influência para obter isso. TCS 173 1 Na última visão que me foi concedida, o grande trono branco foi-me apresentado, com o Juiz de toda a Terra passando a sentença às multidões congregadas. O livro do Céu foi aberto, e os que estavam à volta do trono foram julgados de acordo com as obras praticadas no corpo. TCS 173 2 Seu nome achava-se registrado como havendo sido pesado na balança e encontrado em falta. Daniel 5:27. Sim, seu nome apareceu registrado como sendo transgressor dos mandamentos de Deus. TCS 173 3 Oportunidade para redimir o passado -- Em Sua grande misericórdia, Deus lhe concedeu a oportunidade de redimir o passado. Quando você demonstrou arrependimento, Ele teve piedade de você. ... Foi colocado em um bom campo de trabalho, e houvesse você se conduzido como cristão, haveria então alcançado aquele arrependimento do qual não há necessidade de arrepender-se. TCS 173 4 Por um certo período você foi humilde e agradecido, entretanto seu coração por tanto tempo foi entregue à perversidade e condescendência própria, que não lhe foi possível perceber e sentir que sua conduta passada era tão ofensiva a Deus. À semelhança de Pedro, foi você fielmente advertido do perigo e de seus defeitos de caráter; entretanto, possuía muita confiança em si mesmo e tornou-se invejoso, agindo como uma criança mimada. ... TCS 173 5 Rejeição divina das atividades ministeriais -- Depois de haver Deus suportado por tanto tempo suas perversidades, enquanto professava ser pastor do rebanho, foi-lhe concedido outro período de graça em resposta às nossas pesarosas preces em seu favor. O Senhor abriu o caminho diante de você. Nós nos sentíamos muito tristes por sua causa; e quando vimos o que ocorreu, sentimo-nos ainda piores que antes. TCS 173 6 Foi-me mostrado que suas atividades como pastor não mais seriam aceitas por Deus. Sua percepção moral de modo algum foi fortalecida com seu último teste e prova. Você não assumiu e nem manteve a posição de um homem penitente, humilhando-se diariamente diante de Deus, consciente da grande misericórdia divina e de sua pecaminosidade. Deus não Se acha ligado a você. TCS 174 1 Contrição e oração deveriam ter sido a sua atitude; houvesse você permanecido nesta atitude de penitência, não se acharia onde agora se encontra, desqualificado para receber a solene responsabilidade de trabalhar pelas almas, invejoso, suspeitando mal, egoísta e descortês. Você e sua esposa constituem uma ofensa a Deus. Foi privilégio de vocês colocarem-se onde Deus pudesse atuar por seu intermédio, mas não o fizeram. Vocês não amam o estudo da Palavra de Deus. Não amam a oração. TCS 174 2 A hora da adversidade de Davi -- Você não assumiu uma posição humilde, como fez Davi diante de seu pecado. Após haver cometido o grande crime de sua vida, todo o seu caráter se deteriorou. Tal crime repercutiu terrivelmente sobre ele. Carregava consigo um consciente sentimento de culpa. Sentia haver perdido o amor e a lealdade de seus súditos. Enfraqueceu-se física e moralmente. Perdeu o TCS 174 3 respeito próprio e a autoconfiança. Mal ousava confiar em seus antigos e experientes conselheiros. Humilde e lamentoso foi o cortejo que em precipitada fuga o fez deixar o trono e atravessar o monte. TCS 174 4 Contudo, em nenhuma outra ocasião foi Davi mais digno de admiração do que na hora de sua adversidade. Jamais foi este cedro de Deus verdadeiramente maior do que ao vergar-se sob a fúria da tempestade. Ele era um homem de temperamento muito perspicaz, que poderia haver cedido lugar ao mais intenso ressentimento. Foi frontalmente insultado com injúrias imerecidas. A reprovação, diz-nos ele, havia lhe quebrantado o coração. TCS 175 1 Não haveria de constituir surpresa se, instigado à loucura, tivesse ele dado vazão a sentimentos de incontrolável irritação, explodindo em veemente raiva e expressões de vingança. Entretanto, nada disto que se poderia esperar naturalmente de um homem com seu timbre de caráter, em verdade ocorreu. Com o espírito quebrantado e em lamentosa emoção, mas sem expressão de queixa, volve as costas para o cenário de sua glória e também de seu crime, e foge a fim de preservar a vida. TCS 175 2 Simei aparece durante a fuga de Davi, e com uma torrente de maldições, profere contra ele injúrias, lançando pedras e pó. Um dos homens fiéis de Davi disse: "Deixa-me passar, e lhe tirarei a cabeça." O rei, em humildade e aflição, responde: "Deixai-o amaldiçoar; pois... o Senhor lhe disse: Amaldiçoa a Davi. ... Eis que meu próprio filho procura tirar-me a vida." 2 Samuel 16:9-11. TCS 175 3 A recusa de Davi em vingar a si mesmo -- Vemos em Davi o santo de Deus. Sua intensa e profunda percepção não se achava embotada. Percebia o próprio pecado com a mais profunda agudeza. ... TCS 175 4 O fiel Natã pronunciara os juízos de Deus. A espada jamais se apartaria de sua casa [de Davi]; aquilo que semeara, deveria ele também colher. Muitas vezes tivera uma sombria antecipação da hora que acabara de chegar. Admirara-se muitas vezes de que a hora da merecida retribuição fora adiada por tanto tempo. O Deus a quem ofendera ao trazer tão grande pecado sobre Israel na qualidade de líder do povo, revelava agora que não é um Deus capaz de mentir, e que através de terríveis revelações de justiça mostraria Sua aversão pelo pecado. Compreendeu Davi que "o pecado jaz à porta". Gênesis 4:7. TCS 175 5 Davi demonstrou, entretanto, o fino ouro de seu caráter sob a adversidade, enquanto sofria a justiça retribuidora de Deus, ao recusar-se a tomar vingança de Simei e a apelar para a estratégia ou as habilidades da conveniência a fim de manter sua honra e seu reino. ... TCS 176 1 Relembrou quantas vezes Deus atuara em seu favor, e raciocinou: "Se Ele aceitar meu arrependimento, poderá revelar-me ainda o Seu favor e transformar minha lamentação em alegria. Poderá remover minhas vestes de saco e vestir-me das roupas da bondade. Por outro lado, se não mais tiver prazer em mim, se já me esqueceu, e assim permitir que vá para o exílio ou morra, não murmurarei. Mereço os Seus juízos e me submeterei a eles. Suportarei a indignação do Senhor, pois pequei contra Ele, até que Ele assuma a minha causa e execute o juízo em meu favor." TCS 176 2 Oh, que extraordinária mudança em Davi! De seu trono e reino, foge agora para uma terra árida, sem água. TCS 176 3 Contraste com o caso de Davi -- Trago-lhe essa lição para que você estabeleça o contraste entre sua conduta sob reprovação e desagrado divino e a conduta seguida por Davi. Você sempre esteve pronto a responsabilizar por sua frustração alguém que tem preconceito contra sua pessoa. Em vez de perceber que ninguém poderia estar desenvolvendo sentimentos excessivamente fortes contra um professo pastor do rebanho que corrompia a mente dos de boa fé, você agiu e pensou como se fosse um mártir sofrendo injustamente -- um homem perseguido que merece as simpatias do povo. Você não possui adequada percepção do pecado. Não anda corretamente diante de Deus em motivação ou espírito. ... TCS 176 4 Confissão sem real penitência -- Depois de você haver-se mudado para o Texas e de confessar algumas coisas, revelando estar arrependido de seus pecados, sua conduta não foi a de um verdadeiro penitente. Sentiu-se prejudicado porque foi censurado e seu nome recriminado. Simpatizou consigo mesmo nesta questão e acomodou-se a um estado de apostasia sem esperança. Seu exemplo e influência não foram os de um homem penitente. TCS 176 5 Enquanto isso nos sentíamos tristes por sua causa e por causa de sua esposa. Ambos receberam muita luz e grandes privilégios, e ambos se entregaram às mãos do inimigo enquanto cercados de luz, oportunidades e privilégios. Ainda assim, sentimos muita tristeza por vocês. Colocamo-nos em lugar de vocês e tornamos nosso o caso de ambos. Parecia tão terrível haverem participado ativamente na causa e serem agora postos de lado, não tendo nela participação alguma. Pensamos que você tivesse se arrependido. Oramos com muita sinceridade por você, e num sonho o seu caso me foi apresentado. TCS 177 1 Uma segunda chance, embora não merecedor -- No sonho foi-me mostrado que, embora você fosse totalmente indigno, Deus lhe daria uma nova oportunidade. Imediatamente empreendemos todos os esforços possíveis para que você fosse transferido para o Colorado. Sabíamos estar fazendo isso em direta oposição aos irmãos da liderança que conheciam o seu caso. Tomamos sobre nós mesmos essa responsabilidade. Dissemos isso a você. Quando a visão me foi dada, há dois anos, foram-me reveladas algumas coisas no tocante aos seus perigos, acerca das quais lhe escrevi fielmente, indicando-lhe a conduta que deveria seguir. TCS 177 2 Ao mesmo tempo implorei-lhe com muita intensidade que não fracassasse desta vez, mostrando-lhe que esta era a sua chance, o seu dia de oportunidade; se falhasse, isto lhe seria desastroso. Escrevi-lhe cartas particulares, insistindo em que empreendesse os melhores esforços. -- Leia o testemunho 28. [Ver Testemunhos para a Igreja 3:306-383.] TCS 177 3 Advertência não atendida -- Quando passei pelo Colorado há um ano, seu procedimento me entristeceu, não por qualquer questão pessoal, mas porque percebi que você não estava agindo como Deus lhe mostrara que devia. Meu coração estremeceu dentro de mim. Dei-lhe uma advertência, mas você não a atendeu. Soube então, tanto quanto sei agora, que você estava fracassando. Declarei com toda franqueza quais os frutos que esperávamos ver em você, caso você percebesse seu estado e melhorasse nessa última prova. ... TCS 178 1 Desmoralização do caráter pela vaidade e inveja -- Ao vir para o Colorado, você recebeu um excelente campo, um excelente lar; na verdade, teve privilégios muito maiores do que grande parte de nossos irmãos têm. Achava-se familiarizado com a verdade que apresentava ao povo, e alguns responderam a ela. A princípio você se demonstrou humilde. ... Prosseguiu com o trabalho, mas em breve começou a imaginar-se como uma peça valiosa para a causa, ressentindo-se de qualquer coisa que desse a impressão de que seus trabalhos não eram apreciados. Logo começou a reclamar e a expressar sua insatisfação. ... TCS 178 2 Quando tentamos colocar as coisas em ordem, você não se humilhou como o fizera Davi. Compare os próprios sentimentos e sua percepção do pecado com a humilhação e arrependimento dele. Sua influência estava do lado do inimigo. Portou-se como um homem num labirinto. Começou a contar as grandes coisas que havia feito, a contabilizar as pessoas que haviam aceitado a verdade desde que você chegou ao Colorado; na verdade, não houvesse sido pela influência das publicações e outras que não dependeram de você, bem poucos poderiam haver sido contados nas fileiras da verdade como seus molhos. Você reivindica demais. ... TCS 178 3 Existirão aqueles que solicitarão que você trabalhe entre eles, e você pode em seu coração não santificado gabar-se disso, considerando-se de valor. Agora, pense por um só momento: Pudessem tais pessoas ler o seu coração, ou se diante delas fosse aberto a sua passada conduta de perversidade, sentir-se-iam ansiosas por contar com os seus trabalhos? Assim acontece por não conhecerem sua conduta e a imensa tolerância que o povo de Deus tem exercido em seu favor. Não sabem quão grave foi o seu caso, quantos testemunhos de advertência lhe foram apresentados -- nenhum deles atendido! Pudessem essas pessoas conhecer as coisas tais quais são, certamente não encorajariam a sua pregação. ... TCS 179 1 As bem-aprendidas lições de Davi -- Os frutos do arrependimento são vistos no exemplo de Davi. Ele aprendeu as lições da resignação sob aflição, paciência sob injúria e a humilde e infantil confiança em Deus. Em sua desencorajadora e escura condição, deveria você haver iniciado como um recém-converso, procurando não desenvolver vontade ou caminhos próprios, não desconfiando dos motivos de outros nem os julgando, deixando definitivamente para trás os longos anos de reclamações e descontentamentos do passado. Muitos que não vêem como Deus vê, antes observam as coisas apenas de um ponto de vista humano, poderiam raciocinar que no caso de Davi havia razões para descontentamento, e que a sinceridade de seu arrependimento anos antes deveria havê-lo excluído dos juízos que ora enfrentava. TCS 179 2 Davi poderia haver raciocinado assim. Poderia haver dito: Durante longo tempo tenho sido obediente, e isso deveria compensar minha desobediência. Em minha idade avançada é difícil para mim suportar este impacto devastador. De modo geral, minha vida tem sido de fiel desempenho dos deveres como honrado servo de Deus, o rei de Israel, o cantor de Sua igreja. É muito duro para mim pendurar agora a harpa no salgueiro e permanecer silente como um exilado errante. "Meu próprio filho procura tirar-me a vida." 2 Samuel 16:11. TCS 179 3 Desculpas para o pecado não têm valor diante de Deus -- Davi, entretanto, não apresentou desculpas. A justiça aponta para as quebradas tábuas da lei e volve a espada contra o transgressor. Todas as apologias ou desculpas para o pecado não têm valor diante de Deus. O sentimento da alma de Davi era: quem haverá de testificar a fim de reduzir a culpa do pecador quando Deus testemunhar contra ele? O veredicto divino -- culpado -- já fora pronunciado, e o homem não o poderia revogar. [Davi conhecia o texto das Escrituras]: "Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo." Deuteronômio 27:26. Davi não expressa nenhuma queixa. O mais eloqüente salmo por ele cantado em toda sua vida, ocorreu enquanto subia o Monte das Oliveiras, chorando e descalço, humilde em espírito, abnegado e generoso, submisso e resignado. TCS 180 1 O fugitivo real não devolve mal por mal, injúria por injúria. Não abriga rancorosos sentimentos de vingança no coração; mas, em meio aos próprios pesares, é amável, nobre e simpático. Oh, quão marcante é o contraste com o procedimento adotado por você! ... TCS 180 2 A lei da sementeira e colheita -- Você teve toda oportunidade, todo privilégio, toda vantagem, mas não buscou aperfeiçoá-los. Ao vir para o Colorado, caso houvesse buscado a Deus como um recém-converso, estudado a Bíblia, andado humildemente com Deus, orado fervorosamente e vigiado o tempo todo, ter-se-ia revelado digno do prêmio da vida eterna. TCS 180 3 Você, porém, não apreciaria o Céu. A despeito de haver, em virtude de seus pecados, sido terrivelmente ameaçado por Deus e advertido durante anos acerca da punição que certamente sobrevirá ao transgressor, ainda assim esteve durante o tempo todo a entristecer o Salvador. Ele tornou você o objeto de Seu inamovível amor e terna solicitude. Ele e todo o Céu foram envergonhados por você, ao contemplarem com repugnância a sua conduta. TCS 180 4 Quando o fazendeiro semeia milho, colhe milho. Caso semeie trigo, colherá trigo. Se plantar sementes daninhas, terá o mesmo tipo de colheita. O mesmo ocorre com você, como agente moralmente responsável. Se você semear para a carne, colherá corrupção carnal. Se semear licenciosidade, certamente colherá aquilo que semeou. As sementes plantadas produzem sua espécie. ... TCS 180 5 Possível resultado de uma segunda prova -- Deus lhe concedeu uma segunda prova. Oh, houvesse você apreciado isso, fazendo sincera e fervorosa oração, com verdadeira penitência e viva fé a fim de apegar-se à preciosa promessa! Houvesse você com coração voluntário negado a si mesmo e resistido à tentação, teria ocorrido crescente força a cada esforço para sobrepujar o eu. Cada nova realização do princípio facilitará o caminho para realizações do mesmo tipo, os frutos de toda vitória moral. Tal vitória lança sementes que produzem outras de sua espécie, colocando a semeadura em terreno mais elevado a cada triunfo obtido pela justiça. Toda ação virtuosa fortalece os tendões espirituais para novas virtudes, e todo vício repetido realimenta o próprio vício. Existe crescente força no hábito, e através dele todas as ações abrem caminho para a repetição. ... TCS 181 1 Vida inativa após a perda de credenciais -- Se você conseguir salvar a própria alma através de uma vida humilde e penitente, esta é a maior obra a ser realizada. Deus é misericordioso, mas você não deve tentar ensinar a outros. Você perdeu o poder de Deus para ensinar. Seu trabalho não é aceitável a Deus. TCS 181 2 É alarmante o quão rapidamente o pecado da licenciosidade está se alastrando entre nós. Enquanto escrevo este testemunho individual, pessoal, seu caso foi-me impresso em minha mente com grande poder durante a visão da noite; não posso deixar de escrever-lhe. Minha alma sente-se oprimida dia e noite por causa do Israel de Deus. ... TCS 181 3 Perda do poder de Deus -- Almejei que você tivesse suficiente entendimento para saber que, ao não lhe serem concedidas credenciais, você deveria afastar-se e se manter humilde. Certamente você sabe que foram minhas as palavras que tiveram que ser proferidas em resposta às perguntas feitas diretamente, que resolveram a questão de você receber credenciais. TCS 181 4 Quando, porém, vejo os seus relatórios no papel, meu coração se entristece. Relatórios desse tipo não devem entrar em nossa revista. De que forma as pessoas que você procurou arruinar vêem estes relatórios? Como os consideram os que moram em _____? É por causa da falta de aguda percepção das pessoas encarregadas da revista que qualquer de seus relatórios obtém acesso às páginas da mesma. O elevado padrão de verdade e pureza está rebaixado. Seu espírito de independência e auto-estima demonstrados desde a assembléia em Battle Creek é qualquer coisa, menos o espírito que você demonstraria caso conseguisse discernir a si próprio e possuísse verdadeira compreensão do que é pecado. -- Carta 6, 1880. ------------------------Capítulo 27 -- Um honrado pastor TCS 182 1 Perda de influência e reputação -- Estimado irmão H: Tenho algo a dizer-lhe. ... TCS 182 2 Meu irmão, você tem tido o respeito da igreja, de idosos e de jovens. Mas sua conduta é condenada por Deus; você não tem tido sobre si o Seu Espírito e não é um homem livre. Você manteve uma conduta que fez com que a seu respeito falem mal em vez de bem. As próprias coisas que se tornaram conhecidas na reunião da Escola Sabatina de Piedmont, eu gostaria que nem por milhares de dólares houvessem acontecido. Você, um homem de cabelos grisalhos, deitado com a cabeça inteiramente no colo de Georgie S. Houvesse eu cumprido meu dever, teria chamado ali mesmo a atenção de vocês. Muitos viram esta cena e fizeram observações a seu respeito. Depois de fatos como este, que valor teria tido suas admoestações, de que se guardassem de toda liberdade e indevida familiaridade? Você mesmo neutralizou seus esforços no sentido de elevar os jovens através de seu exemplo. TCS 182 3 Essa conduta de intimidade com a irmã S e sua família tem sido objeto de comentários. Como poderia você esperar ter influência com os jovens, como pai, quando manifesta tanta falta de juízo e revela tal fraqueza? Se em sua idade avançada você se propusesse a ser apenas um homem em vez de um amante sentimental; se tão-somente se cuidasse, Deus não removeria de você a Sua sabedoria, tal como fez. Sua boa reputação lhe haveria sido mais preciosa do que a própria vida. Melhor, muito melhor é descer à sepultura com honra imaculada, do que viver com o nome manchado. TCS 183 1 Quando o Senhor não é supremo -- Veja bem, meu irmão, durante anos você tem vivido em ilícita simpatia e amor com a esposa de outro homem. E você tem uma filha que se sentiria feliz em prover-lhe atenção, simpatia e mesmo um lar, mas você tem estado tão completamente apaixonado, que tudo aquilo que em sua vida era sensível e adequado veio a tornar-se desinteressante e insípido. Não consigo sentir que o encanto tenha sido quebrado, que você seja um homem livre. Você não rompeu a armadilha. O Senhor não é supremo em sua vida. TCS 183 2 Ora, meu irmão, seria tolice de sua parte julgar que possui sabedoria para o discernimento das coisas espirituais enquanto se tem tornado mais e mais fraco em poder moral durante anos, separando-se do Deus da sabedoria. As cartas escritas a sua esposa são ásperas e insensíveis. Retirar dela grande parte do sustento não é sábio e nem correto de sua parte. E, ao estar em Oakland, não teve ela razão em sentir ciúmes de você? Porventura não percebeu ela o interesse, simpatia e amor de sua parte para com a irmã S? TCS 183 3 Bem, por amor a Cristo, evite a dura condenação que costuma fazer a outras pessoas, pois isso demonstra que você não é semelhante a Cristo, e que possui um outro espírito. Escrevo com tanta clareza porque sinto profundamente que você necessita exercer mais decidido esforço do que empreendeu até aqui, para poder estar livre diante de Deus. Toda essa rudeza e arrogância vêm de você mesmo. Humilhe-se sob a mão de Deus. Certifique-se do favor divino e lance o pecado para longe de si. TCS 183 4 Apenas poucos conhecem até que ponto avançou essa intimidade; não permita Deus que isto se torne conhecido e se perca a sua influência na causa de Deus, bem como a própria alma. Suplico-lhe que não assuma para si a tarefa de julgar a quem quer que seja, exceto a si mesmo. -- Carta 10, 1885. TCS 184 1 Para o bem da causa -- Estimado irmão Butler: ... Falei com bastante liberdade de algumas coisas. Pensei que deveria fazê-lo. Gostaria de dizer que daqui por diante ficarei quieta, mas como não pertenço a mim mesma e por vezes sou fortemente instada a escrever, não ouso dizer isto. Tenho apenas um objetivo em vista -- não apenas o bem presente da causa e da obra de Deus, como também o futuro. Deveria eu resistir a estas impressões no sentido de escrever quando me sinto tão sobrecarregada? Não posso prometer agora. Tenho de ponderar sobre estas coisas em meu coração. Preciso orar a respeito e obedecer às impressões do Espírito de Deus, ou então afastar-me de qualquer ligação com a obra. TCS 184 2 O Senhor bem sabe que não tenho prazer nesse tipo de trabalho. Amo e respeito meus irmãos, e não ousaria desmerecê-los ou causar-lhes dor no menor aspecto imaginável. Entretanto, tenho tentado agir tendo em vista unicamente a glória de Deus. Sinto agora tristeza e tal confusão que não consigo discernir claramente o meu dever. TCS 184 3 Resposta divina à oração por vitória -- Escrevi algumas coisas ao irmão H. Ele me escreveu que as coisas eram exatamente como eu as apresentara. Senti-me tão oprimida com um sonho, que me levantei às três da madrugada e escrevi ao irmão H dizendo que ele não cumprira sua promessa; que enquanto se envolvia em ensinar os mandamentos de Deus, ele estivera a quebrá-los; que dava à irmã S atenções que somente sua esposa deveria receber. Escrevi muito francamente a ele. TCS 184 4 Ele admitiu minhas declarações, afirmou que orara sobre o assunto e sentia que seu procedimento estava errado, mas não afirmou que deixaria para sempre tais práticas. Ele disse: TCS 184 5 "Sua forte condenação contra mim é justa. Sei disso, e sinto que a minha dificuldade era esta: Eu tinha muita dificuldade em compreender a pecaminosidade de minha conduta. Meu raciocínio, meu julgamento, o testemunho das Escrituras, todos se combinavam para mostrar-me que aquilo era errado. Ainda assim, tudo exercia forte influência sobre mim, tornando-me difícil compreender as coisas como deveria. Não fui capaz de compreender a extensão de meu erro, e gradualmente ele se tornou uma armadilha para mim. Entretanto, havia tornado isso objeto especial de oração algum tempo antes de receber sua última carta, pedindo a Deus que me ajudasse a ver as coisas sob a luz correta e reconhecê-las como deveria; e tenho razões para crer que minha oração foi atendida. TCS 185 1 "Se conheço alguma coisa acerca da bênção da graça, posso dizer que fui abençoado nesse esforço. Necessitava grandemente dessa bênção a fim de realizar de modo correto a obra que sobre mim foi colocada aqui. Todos expressaram que fui ajudado pelos Céus a escrever o relatório acerca da prisão de nosso povo em virtude de trabalharem no domingo, além de outros escritos que me pareceram adequados. Entretanto, sinto-me dolorosamente consciente de minha fraqueza e sei que minha única segurança está na constante vigilância, tal como não exerci antes. Percebo agora que esta é uma questão de vida ou morte para mim, e lutarei para agir de acordo." -- Carta 73, 1886. TCS 185 2 Atividades de um coração não santificado -- Estimado irmão Butler: Sinto-me perturbada em relação ao irmão H. Ele não me escreve, e sinto-me profundamente aflita por ele. Por vezes me parece que o Senhor nos está provando, para ver se lidaremos fielmente com o pecado de um de nossos homens ilustres. Aproxima-se o tempo em que a Associação Geral terá de decidir se renovará ou não a sua credencial. TCS 186 1 Se a Associação Geral assim proceder, estará virtualmente afirmando: "Temos confiança no irmão como homem a quem Deus reconhece como Seu mensageiro, alguém a quem confiou a sagrada responsabilidade de tomar conta das ovelhas do rebanho do Senhor; alguém que em todas as coisas será um fiel pastor, um representante de Cristo." Podemos proceder assim? Porventura não temos visto as atividades de um coração não santificado? TCS 186 2 Um homem enfeitiçado -- A persistência do irmão H em aceitar e pretender que a Sra. S seja sua -- que nome dar-lhe -- pessoa afim. O que é isso? Quem poderá definir? É o irmão H alguém que odeia a luz que Deus lhe concedeu, demonstrando que sua preferência pela companhia da irmã S e suas intimidades com ela eram pecaminosas à luz da Palavra de Deus? Ou terá ele aceito a mensagem e agido de acordo com ela? TCS 186 3 A despeito disso, levei ao irmão H o testemunho que Deus me dera, mas ele não se reformou. Sua conduta dizia: "Farei a tal respeito o que me apraz; não existe pecado nisso." Ele prometeu diante de Deus que o faria, mas quebrou a promessa feita aos irmãos C. H. Jones, W. C. White e a mim; seus sentimentos não se modificaram de modo resoluto; mas ele parece agir como um homem enfeitiçado, sob a fascinação do diabo, incapaz de exercer controle sobre as próprias inclinações. Apesar de toda luz recebida, não evidenciou real convicção ou senso de pecado; sem arrependimento, sem reforma. Pessoas têm sofrido muito com tal estado de coisas, mas não têm poder de modificar o coração e os propósitos deste homem. TCS 186 4 Perversão das faculdades dadas por Deus -- Bem, deveríamos ser bastante gratos pela ajuda do irmão H na Inglaterra e na Suíça, mas o que podemos decidir a tal respeito? Necessitamos de evidência de que ele se encontra limpo diante de Deus. Não queremos considerar levianamente o pecado, dizendo ao pecador: "Está tudo bem com você." Não desejamos vincular o irmão H com a obra aqui, a menos que ele esteja vinculado a Deus. Não desejamos enfrentar a barreira de ter ligado à obra um homem com manchas em suas vestes. Não podemos lidar descuidosamente com essa questão. TCS 187 1 A praga do pecado acha-se sobre o irmão H; dor e tristeza estão sobre todos os que conhecem este capítulo de sua experiência. Cristo foi desonrado. Um homem abençoado com luz e inteligência superiores, premiado com grande capacidade para o bem, que poderia através de uma vida de obediência e fidelidade a Deus igualar-se aos anjos e ter sua vida medida pela vida de Deus, perverteu as faculdades concedidas por Deus e cedeu lugar à paixão, cobiçando a mulher de outro. Deus vê que o irmão H considera como nada as mais custosas lições da experiência, violando as mais solenes admoestações divinas a fim de prosseguir em pecado. TCS 187 2 Tenho almejado e orado para que ele recupere o são raciocínio e quebre os grilhões que durante anos Satanás tem estado a lançar em torno dele -- corpo e alma -- e para que as sombras que têm escurecido o seu caminho sejam removidas, e Cristo entre em seu coração para revivê-lo e abençoá-lo. Cristo removerá o pesado fardo dos ombros cansados e oferecerá repouso e paz a todos os que tomarem sobre si o Seu jugo e carregarem o Seu fardo. TCS 187 3 Apelo a um obreiro líder -- Quero perguntar-lhe, irmão H, qual pode ser o caráter de sua experiência quando, em face de muitas advertências e reprovações, você prossegue trilhando um caminho condenado por Deus? É capaz de pensar positivamente a seu próprio respeito? Tão-somente focalize a Jesus, coroado de espinhos e pregado na cruz por causa de nossos pecados, e deixe que isso humilhe -- sim, que isso quebrante -- o seu coração. Contemple a mansidão de Cristo, Sua amabilidade, e então se curve até o pó em vergonha e humilhação. TCS 187 4 Por bondade, pense no que você faria se um de nossos obreiros líderes fosse encontrado na posição em que você se encontra? Você seria capaz de aconselhar que ele recebesse credencial como alguém de puros e santos propósitos diante de Deus, sem maior evidência da parte dele de haver percebido o próprio pecado, do que aquela que você tem dado? Você não é capaz de perceber que está colocando seus colegas obreiros numa posição muito desagradável e nada invejável? Atrever-se-ão eles a assumirem a responsabilidade por seu caráter e influência no futuro, na obra e causa de Deus? TCS 188 1 Responsabilidade por possuir maior luz -- Seu caso foi-me apresentado como sendo pior que o do irmão R, pois você possui luz, capacidade e influência maiores; e o caso dele deve servir de advertência para que você não siga os seus passos. A credencial do irmão R lhe foi retirada; é ele hoje um homem profundamente arrependido, humilhado até ao pó. TCS 188 2 Suponhamos que Davi, após haver sido reprovado por Natã, houvesse repetido a mesma ofensa; teria o Senhor Se compadecido dele? Mas ele se arrependeu amargamente; declarou que sua transgressão estava sempre diante dele. Escute sua humilde confissão e preste atenção a seus desesperados clamores. TCS 188 3 Purificação do acampamento -- Temos de erguer-nos como um povo e purificar o acampamento de Israel. Intimidade licenciosa, ilícita, e práticas não santificadas estão aparecendo em grande escala em nosso meio; e pastores que lidam com as coisas sagradas são culpados de pecado neste aspecto. Estão a cobiçar a esposa de seu próximo, quebrando assim o sétimo mandamento. Estamos sob risco de nos tornarmos uma irmã da decaída Babilônia, permitindo que nossas igrejas se corrompam e se encham de "toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável". Apocalipse 18:2. Poderemos nós ser limpos a menos que empreendamos decididas ações para sanar o mal existente? TCS 188 4 Desejará você que outros sigam o seu exemplo? Almejará que trilhem o caminho por você percorrido, e que depois achem que não praticaram grande mal? A menos que se arrependa e se converta, você é um homem arruinado. TCS 189 1 Ouvi dizer que você [irmão H] está recebendo tratamentos na instituição de saúde, atua como capelão e também prega no tabernáculo. Ora, não lhe é correto assumir tais posições, até que tenha feito tudo ao seu alcance a fim de corrigir os males do passado. TCS 189 2 Justiça própria e corrupção interior -- Por sua causa tenho-me sentido restringida de falar abertamente da infidelidade da irmã S a seu esposo; temo, porém, haver negligenciado meu dever. Houvéssemos lidado diante deste caso como o teríamos feito em se tratando de um membro leigo da igreja, creio que Deus lhe haveria concedido o arrependimento do qual não é necessário arrepender-se. TCS 189 3 Nossa piedade e nosso amor, tentando salvá-lo da vergonha, têm prejudicado você. Às vezes meu coração se entristece e se angustia tanto por você, que só posso chorar. Pergunto-me: "Terá ele de perder-se? Deverá ele, depois de haver sofrido por amor à verdade, depois de havê-la defendido até se tornar idoso e de cabelos grisalhos, tornar-se um idólatra, como Salomão? Haverá de ele, por amor a uma mulher, pisar a lei de Deus e avaliar a própria situação dizendo: Não pequei, está tudo bem comigo"? TCS 189 4 Necessária mudança de coração, não de residência -- Seremos nós corretos em permitir que tais coisas sejam ocultadas e os pecados escondidos, sem que tenha ocorrido real evidência de arrependimento ou reforma? O fato de você deixar a Califórnia não lhe concede um novo coração. Está fora da vista e da sedutora influência de sua "adorável feiticeira", mas isso não modificará as afeições ou os impulsos do coração. O irmão W poderia haver encerrado suas atividades com alegria, não houvesse se submetido a práticas sensuais; deixou-se levar pelas próprias paixões e foi seduzido. Os dias e anos que poderiam haver sido os seus melhores se tornaram os piores. TCS 189 5 No caráter de Salomão podemos observar a grandeza intelectual combinada com a degradação moral. Ele poderia ter avançado de força em força, mas em vez disso retrocedeu de fraqueza em fraqueza. Depois de uma vida promissora, sua história fala de degradação. TCS 190 1 À beira do precipício -- Meu irmão, sinto o coração arder por você, por amor de Cristo. Você tem procurado conseguir o que também outros pastores tentam -- harmonizar luz e trevas, Cristo e Belial, pureza com impureza e o bem com o mal. O resultado será ruína moral, a menos que você desperte e perceba que está à beira do precipício. Existem tantos casos desse tipo que tenho de escrever sobre eles. TCS 190 2 Sinto-me alarmada ao observar o quanto o pecado da licenciosidade tem penetrado em nosso meio. Tive esta percepção quando escrevi ao Pastor Butler a respeito do assunto na época da última assembléia da Associação Geral, suplicando-lhe que fizesse tudo a seu alcance a fim de erguer uma barreira contra o que nos está acontecendo. Temos de elevar o padrão e construir muralhas ao redor da alma, de modo que coisa alguma macule sua simplicidade e pureza, e assim corrompa o caráter religioso. Deus concedeu intelecto ao homem para que todos cuidem que esse grande dom não se desvirtue e cause a ruína eterna da alma. TCS 190 3 Arrependimento e rebatismo -- Não há maior esperança para você do que para qualquer pecador comum, nem o mesmo tanto, a menos que humilhe grandemente a alma diante de Deus, arrependa-se e se converta. Dê os primeiros passos no caminho da vida arrependimento, fé e batismo. Você violou as salvaguardas divinas de sua paz. Se você recusar atender a voz de reprovação, se escolher os próprios caminhos, se não permitir que a graça de Cristo o transforme, sua culpa será tanto maior do que a de um pecador comum, quanto maiores têm sido as suas vantagens em termos de luz e influência. TCS 190 4 Grande cuidado precisa ser exercido em termos de companhia e amizade para que a alma não seja colocada em perigo e não ocorra até mesmo a aparência do mal, o que aos olhos dos outros rebaixaria os padrões do princípio religioso e solaparia os alicerces da crença religiosa. TCS 191 1 O triste exemplo de Salomão -- Quantos, mesmo entre as fileiras dos observadores do sábado, estão estabelecendo ligações não santificadas. Homens que têm esposas, e mulheres que têm maridos, estão a demonstrar afeição e a dedicar indevida atenção [aos do sexo oposto]. Quantos homens promissores de nossas fileiras não mais possuem a fé pura e a santa confiança em Deus, em virtude de haverem traído sagrados encargos. Nobres aspirações estão amortecidas. Os passos destas pessoas indicam retrocesso porque cobiçaram a mulher de alguém ou se permitem indevidas familiaridades com mulheres solteiras. Sua conduta frívola os leva à transgressão do sétimo mandamento. TCS 191 2 A respeito de Salomão, diz o registro inspirado: "Suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor seu Deus." 1 Reis 11:4. TCS 191 3 O poder perpetuador da má influência -- Este assunto não é para ser tratado com um sorriso. O coração que ama a Jesus não desejará as ilícitas afeições de outra pessoa. Todas as nossas necessidades são supridas em Cristo. Esta afeição superficial é do mesmo caráter que a exaltada alegria prometida por Satanás a Eva. Trata-se de cobiça, proibida por Deus. TCS 191 4 Quando já é demasiado tarde, centenas são capazes de advertir outros para que não se aventure por sobre o precipício. Intelecto, posição e riqueza jamais serão capazes de ocupar o lugar das qualidades morais. O Senhor aprecia mãos limpas, coração puro e nobre e sincera devoção a Deus e à verdade, mais do que o ouro de Ofir. A má influência possui o poder de perpetuar-se. Eu gostaria de apresentar esse assunto diante do povo que guarda os mandamentos de Deus tal qual me foi mostrado. Que a amarga lembrança da apostasia de Salomão advirta toda alma a evitar semelhante precipício. Sua fraqueza e pecado estão sendo transmitidos de geração em geração. TCS 192 1 O maior rei que já empunhou um cetro, de quem se afirmou ser amado por Deus, por intermédio de afeições erroneamente concedidas, veio a contaminar-se e lamentavelmente ficou desamparado por Deus. O mais poderoso governador da Terra fracassou em controlar as próprias paixões. Salomão pode haver sido salvo "como que através do fogo" (1 Coríntios 3:15), mas ainda assim seu arrependimento não foi capaz de demolir os lugares altos nem derribar aquelas pedras, as quais permaneceram como evidências de seus crimes. Ele desonrou a Deus, preferindo antes ser controlado por seus desejos sensuais do que tornar-se um participante da natureza divina. TCS 192 2 Que legado deixou a vida de Salomão para aqueles que usariam o seu exemplo a fim de encobrir as próprias baixas ações! Necessariamente transmitiremos uma herança para o bem ou para o mal. Serão nossa vida e exemplo uma bênção ou maldição? Olharão as pessoas para nosso túmulo e dirão: "Este me arruinou" ou "este me salvou"? ... TCS 192 3 Pastores sujeitos às tentações de Satanás -- Os especiais esforços de Satanás estão agora sendo dirigidos contra o povo que possui grande luz. Ele os levaria a se tornarem mundanos e sensuais. Existem homens que ministram as coisas sagradas, cujo coração está contaminado com pensamentos impuros e desejos não santificados. Homens casados, e com filhos, não se acham satisfeitos. Colocam a si mesmos onde a tentação os atrai. Assumem liberdades que apenas poderiam tomar para com a esposa com quem estão legalmente casados. Caem assim sob a reprovação divina, e nos livros do Céu a palavra "adultério" se encontra escrita ao lado de seus nomes. TCS 192 4 Não devemos aproximar-nos do perigo. Se os pensamentos se mantivessem onde devem, se repousassem em Deus e as meditações da alma fossem sobre a verdade e as preciosas promessas de Deus e sobre a recompensa celestial que aguarda os fiéis, seriam guardados contra as tentações de Satanás. Muitos, contudo, entretêm pensamentos vis praticamente o tempo todo. Tais pensamentos são conduzidos para dentro da casa de Deus e até mesmo para o púlpito sagrado. TCS 193 1 Disciplina de pastores que erram -- Digo-lhe a verdade, Pastor Butler, de que a menos que ocorra uma purificação do templo da alma por parte de muitos que pretendem crer e pregar a verdade, os juízos de Deus, por longo tempo adiados, certamente sobrevirão. Esses pecados corruptores não têm sido enfrentados com firmeza e determinação. Existe uma corrupção de alma e, a menos que ela seja purificada pelo sangue de Cristo, ocorrerão entre nós apostasias que deixarão você espantado. TCS 193 2 Faço a mim mesma a pergunta: "Como é possível que homens que estão a abrir as Escrituras diante de outros -- que possuem abundante luz e boas habilidades, que vivem em face do julgamento, nas próprias fronteiras do mundo eterno -- entreguem sua mente e corpo a práticas não santificadas?" Bem podem as palavras do apóstolo ser repetidas com ênfase: "Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e Ele vos exaltará." Tiago 4:8-10. -- Carta 51, 1886. ------------------------Capítulo 28 -- Um pastor influente TCS 193 3 Um pastor em caminho descendente -- Pastor T, meu irmão e colega obreiro: Durante duas noites passei muitas horas sem dormir. Por volta de duas da madrugada despertei sentindo sobre mim um grande fardo; depois de devotar algum tempo à oração, procurei escrever-lhe. TCS 193 4 Seu caso, ao lado de vários outros, tem estado diante de mim. Há vários anos me foi mostrado que seu perigo era muito grande, por causa de suas atenções para com outras mulheres, que não a sua esposa. Você tem sido condescendente para com suas inclinações neste sentido, e se encontra num estado de culpa diante de Deus. À raiz de todo o assunto se encontram pensamentos impuros, por você entretidos, os quais conduzem a atenções impróprias e prosseguem, então, para ações inadequadas. Tudo isso já é suficientemente mau em homens que apenas desempenham tarefas comuns, mas é cem vezes pior naqueles que aceitaram sagradas posições de confiança. TCS 194 1 Em sua presença tenho me demorado particularmente acerca da importância de abster-se da própria aparência do mal. Tenho apresentado a seus ouvidos as especiais tentações do inimigo, pensando assim poder despertar sua consciência, e levá-lo a erguer barricadas de proteção a sua alma contra as tentações do inimigo. Tenho escrito especialmente a respeito dos perigos de rapazes e também de homens casados que demonstram especial atenção a moças e a esposas de outros homens. Enquanto cruzava o oceano em direção à Europa, fui poderosamente impressionada e escrevi advertências especiais. Fiz isso em seu favor e em favor de outras pessoas. Pretendia fazer cessar este seu caminho descendente, de modo que no poder do Deus de Israel você pudesse despertar e ser homem, e não um joguete do inimigo. TCS 194 2 Crescimento espiritual impedido por Pensamentos Sensuais -- Foi-me mostrado que em conseqüência das tentações você não poderia levantar "mãos santas, sem ira e sem animosidade". 1 Timóteo 2:8. Seus pensamentos e ações faziam mirrar seus esforços; sua mundanidade e pensamentos sensuais impediam o seu crescimento espiritual. Você está longe de ser o homem que Deus pretendia que fosse e está fracassando em qualificar-se para a obra que deveria empreender, em virtude de os seus pensamentos não serem puros, e sim maculados e corruptos. Foram-me reveladas algumas coisas que se encontram abertas diante dos olhos que nunca dormitam nem dormem. Salmos 121:4. TCS 194 3 Tais coisas se acham escritas nos livros do Céu, e dentro de pouco tempo o seu caso será decidido -- se o seu nome deverá ser apagado do livro da vida ou não. Certamente o será, a menos que você se converta e humilhe a alma perante Deus, confessando os seus pecados e volvendo-se para o Senhor de todo o coração, libertando-se de todo pensamento impuro e ação corrupta. Diz a Testemunha Verdadeira: "Conheço as tuas obras." Apocalipse 3:15. Não tente ensinar ao povo até que se torne um homem transformado, até que em humilde penitência busque o Senhor com verdadeira contrição de alma e receba um novo coração. TCS 195 1 Fortes tentativas satânicas para corromper pastores -- Foi-me revelado que Satanás empreenderia fortes tentativas para corromper os pastores que estão ensinando os irremovíveis reclamos da lei de Deus. Se for capaz de deslustrar a virtude e confundir o senso de pureza e santidade, se for capaz de insinuar-se nos pensamentos destes homens, sugerindo e planejando que pequem em pensamento e ações contra Deus, então a defesa deles está afastada. Eles se separaram de Deus; não têm consigo o poder do Espírito de Deus, e a sagrada mensagem da verdade que apresentam ao povo não é abençoada por Deus; a semente não é regada e não ocorre o crescimento. TCS 195 2 A paixão carnal como impedimento para o ensino da verdade -- O que você necessita, meu irmão, é de um coração puro e santo. Pare de uma vez de tentar ensinar a verdade até que sinta, pela força de Deus, que é capaz de vencer a sensualidade. Se ao longo dos anos em que você professou ser um filho de Deus, a sua mente houvesse sido educada e forçada a repousar em Jesus, a orar enquanto viajando em trens, quando caminhando pelas ruas e onde quer que você se encontrasse, e se houvesse reunido os seus pensamentos e os treinado a permanecerem apegados a coisas puras e santas, hoje eu não precisaria dirigir-me a você do modo como o faço. O Senhor precisa estar presente em todos os seus pensamentos, mas tal obra tem sido estranhamente negligenciada. TCS 195 3 A obra de um pastor não é um negócio comum -- Alguns de nossos pastores empenhados em serviço ativo possuem um certo senso da importância do trabalho, porém existe um grande número que está a lidar com as verdades sagradas como se estivessem se empenhando em negócios comuns. Estes não têm sido refinados, enobrecidos e santificados pela verdade. Não têm avançado passo a passo, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. Não têm eles uma fé real e genuína no tocante a levar a sério o que Deus diz. Não conhecem o que é avançar de força em força. TCS 196 1 Estes pastores não têm crescido em habilidade, mas mantêm o mesmo baixo nível de eficiência. Não têm se tornado homens aptos nas Escrituras, poderosos homens em Deus, embora todos os privilégios estejam a seu alcance. A causa de Deus não tem sido glorificada pelo seu trabalho fraco, sem vida e sem Cristo. Tais homens têm causado grande dano à verdade, e por que razão? Porque o seu coração não foi purificado. Não possuem um coração novo e limpo, mas um que se encontra aberto às tentações de Satanás. Tais pessoas jamais poderão conduzir o povo à verdadeira e pura fonte de água viva. Poderão levar as pessoas a se familiarizarem com as razões da nossa fé, mas lhes será impossível empreender a obra atribuída a um verdadeiro pastor do rebanho, que é apascentar "o rebanho de Deus". 1 Pedro 5:2. TCS 196 2 O ministério da palavra é melhor que argumentos -- Temos de despertar para as responsabilidades que Deus nos atribuiu. O diabo, nosso adversário, encontra-se intensamente ativo, representado como um leão que ruge, e temos de estar plenamente despertos, não ignorando as suas artimanhas. Certamente seremos vencidos pelos enganos de Satanás, a menos que nosso coração, mente e vontade se encontrem em plena sujeição à vontade de Cristo. Por certo fracassaremos em desenvolver nossa salvação, a menos que os elementos naturais de nosso caráter, os elementos discordantes, sejam trazidos diariamente e a cada hora à unidade com o caráter de Cristo. Tendências e paixões degradantes e desgovernadas não podem reinar no coração que é controlado pelo Espírito de Cristo. Muitos existem que jamais submeteram sua vontade e seus caminhos totalmente, sem reservas, a Jesus Cristo. TCS 196 3 No ministério da palavra há necessidade de muito mais lições de genuína conversão do que de argumentos acerca das doutrinas; pois é muito mais fácil e natural ao coração que não se encontra sob o controle do Espírito de Cristo, o escolher assuntos doutrinários do que assuntos práticos. Estão sendo apresentados muitos discursos sem Cristo, os quais não são mais aceitáveis a Deus do que a oferta de Caim. Não se encontram em harmonia com Deus. TCS 197 1 Contaminação pela malária espiritual -- O Senhor o convoca, meu irmão, a que se afaste da obra, deixe os muros de Sião, ou então se converta. Quando o próprio coração for santificado pela verdade, não se encontrará nele contaminação moral. Será agora necessário haver de sua parte uma resistência mais desesperada às sugestões não santificadas, pois a sua alma se encontra contaminada pela malária espiritual. Você tem respirado uma atmosfera satânica. Não tem sido um verdadeiro homem à vista de Deus. Quando sua mente devia estar crescendo, suas idéias sendo elevadas e seus planos e trabalhos sendo ampliados, você esteve a crescer cada vez menos como obreiro, pois Deus não tem abençoado os seus esforços. TCS 197 2 Um crime à vista de Deus -- A perversão de nossos dons, ou sua degradação para propósitos indignos, é um crime à vista de Deus; ainda assim, isso está constantemente predominando. O homem que dispõe de habilidades para uso útil, mas emprega tudo que é desejável e atrativo a fim de destruir outros, para fazê-los se desviarem, para conduzi-los a uma fonte salobra e nociva para aí saciar-lhes a sede, em vez de levá-los a Cristo está na verdade efetuando a obra do diabo. Há muitos que professam crer na verdade, os quais são moralmente corruptos, contaminam a pureza de pensamentos e impulsos de outros, arruínam as almas sob a pretensão de salvá-las, e proferem palavras aos desavisados -- Satanás falando por meio deles, como falou através da serpente quando tentou Eva. TCS 197 3 Existe uma terrível retribuição para todos esses. Certamente colherão aquilo que semearam. Coisa terrível é usar os dons concedidos por Deus, emprestados como uma bênção ao mundo, pervertendo-os em seu uso e fazendo-os tornarem-se uma praga, infortúnio e maldição em lugar de bênção. Conforme você pode perceber, tenho escrito acerca disso amplamente, e sob diferentes formas. TCS 198 1 É possível o controle de toda a existência -- Digo uma vez mais: "Buscai o Senhor enquanto Se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar." Isaías 55:6, 7. Proceda à confissão de seus pecados diante de Deus; busque-O, pois você conhece muito pouco desse tipo de obra. Mantenha seus pensamentos no que é puro e santo; controle suas faculdades; envie suas súplicas ao Céu em sincera contrição de alma; que a sua conversação, seus pensamentos e sua conduta se achem em harmonia com a sagrada fé que você professa defender. TCS 198 2 Quando todos aqueles iguais a você se arrependerem e encontrarem o perdoador amor de Deus, veremos que Deus trabalhará de maneira maravilhosa entre Seu povo. Os pecadores se converterão, os apostatados serão resgatados. TCS 198 3 Necessidade de purificação da contaminação moral -- Deixo com você estas linhas. Era minha esperança que a grande luz procedente da Palavra de Deus fosse aceita e entronizada em sua vida religiosa, vindo você a tornar-se um sincero e verdadeiro cristão, praticando de coração a vontade de Deus. Mas fui instada pelo Espírito de Deus a escrever-lhe. A obra precisa avançar. Tudo aquilo que é impuro precisa tornar-se puro e santo, ou ser expurgado de nossas mãos; tudo o que é terreno, sensual e diabólico constitui pedra de tropeço aos outros e maldição à causa de Deus. TCS 198 4 Quanto mais cedo nossas fileiras forem expurgadas dessa classe de pessoas, mais certamente veremos a salvação de Deus e o poder da verdade em nosso meio. É pelo fato de estarmos sendo sobrecarregados por aqueles que não se tornaram participantes da natureza divina, que falharam em escapar "da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo" (2 Pedro 1:4), que em nosso meio temos visto tanta fraqueza e debilidade. Temos de despertar. Necessitamos limpar o acampamento de Israel de sua contaminação moral. -- Carta 5, 1886. TCS 199 1 A exposição pública nem sempre é necessária -- Não desejo, a menos que estritamente necessário, que o caso de T se torne público. Tenho dele uma resposta que reconhece o testemunho, mas não desejo, em consideração a sua esposa e filhos, tornar isso público. Tenho sincera piedade do homem, e faria tudo ao meu alcance a fim de recuperá-lo dos encantos do diabo. T assumiu uma posição muito melhor que Canright. Embora esses dois homens tenham levantado muitas falsidades contra mim e contra nosso povo, não me sinto amargurada contra eles e não desejo causar-lhes dano, pois mantenho em mente que existe um julgamento, quando cada um terá suas obras revistas diante de Deus, e cada homem receberá do grande Juiz segundo suas obras. -- Carta 59, 1889. ------------------------Capítulo 29 -- Quatro pastores indignos TCS 199 2 Artimanhas de Satanás -- Tenho muito a dizer-lhe. Você me tem sido apresentado como alguém que se encontra em grande perigo. Satanás está em seu caminho, e por vezes tem cochichado a você fábulas agradáveis e lhe tem mostrado fascinantes gravuras de alguém a quem ele representa como sendo melhor companhia para você do que a esposa de sua mocidade, a mãe de seus filhos. TCS 199 3 Satanás está atuando furtiva e incansavelmente, a fim de causar sua queda através de sedutoras tentações. Ele está determinado a tornar-se seu professor, de modo que você necessita colocar-se agora onde possa obter força para resistir-lhe. Ele deseja conduzir você ao labirinto do espiritualismo. Almeja desviar suas afeições de sua esposa e fixá-las em outra mulher. Quer que você permita à mente demorar-se nesta mulher até que ela, através de afeição não santificada, se torne uma deusa para você. TCS 200 1 Fantasias acerca de famílias no céu -- O inimigo das almas conseguiu muito quando foi capaz de conduzir a imaginação de um dos escolhidos vigias de Jeová a demorar-se nos possíveis relacionamentos no mundo vindouro, com alguma mulher a quem ama, pretendendo com ela constituir família. Não necessitamos de tais quadros agradáveis. Todas essas visões se originam na mente do tentador. TCS 200 2 Temos a clara afirmação de Cristo de que no mundo vindouro os redimidos "não casam nem se dão em casamento. Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição". Lucas 20:35, 36. TCS 200 3 Foi-me mostrado que fábulas espirituais estão levando muitos em cativeiro. Sua mente é sensual e, a menos que uma transformação ocorra, isto se demonstrará a sua ruína. A todos os que são condescendentes com estas fantasias não santificadas, digo: Parem, por amor de Cristo, parem exatamente onde estão. Vocês se encontram em terreno proibido. Arrependam-se e se convertam, eu lhes suplico. TCS 200 4 O primeiro lugar na afeição do marido -- Sou instruída a dizer aos homens casados: "É à esposa de vocês, à mãe de seus filhos, que vocês devem respeitar e dedicar afeição. As atenções de vocês devem ser-lhe concedidas, e os seus pensamentos devem estabelecer planos para a felicidade dela. ..." TCS 200 5 Meu irmão U, lembre-se de que a mulher que recebe a mínima manifestação de afeição por parte de um homem que é marido de outra mulher, demonstra estar ela própria necessitando de arrependimento e conversão. E o homem que permite que sua esposa ocupe o segundo lugar em suas afeições, desonra a si mesmo e a seu Deus. Tal estado de coisas é um dos sinais dos últimos dias. Certamente você não deseja cumprir este sinal. Esse é o papel que os ímpios devem desempenhar. Cristo tomará conta das afeições dos que amam e honram a Deus, levando-os a concentrarem-se em objetivos corretos. TCS 201 1 Meu irmão, sua esposa tem algumas faltas, mas você também as tem. Ela é ainda a sua esposa. É a mãe de seus filhos, e você precisa respeitá-la, tratá-la com carinho e amá-la. Vigie cuidadosamente a si mesmo para que a impureza não encontre lugar em sua mente ou coração. ... TCS 201 2 Fiel como o aço ao voto matrimonial -- Irmão U, o seu caso me foi apresentado há algum tempo, mas demorei-me em escrever-lhe, pois pensei poder encontrá-lo pessoalmente e falar-lhe. Você se encontra aprisionado a um perigoso sentimentalismo, e isso quase o tem arruinado, bem como a pessoa que permitiu que você a tornasse sua favorita. Você nem precisa pensar em pedir a Deus que o abençoe em tal conduta. Neste assunto a sua mente tem sido trabalhada pelo inimigo, o qual se encontra pronto a controlar todos aqueles que cedem espaço à afeição espiritualista. TCS 201 3 Você tem esposa, e a ela se encontra ligado pela lei de Deus. "Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela. ... Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério." Mateus 5:27-32. TCS 201 4 Queira o Senhor ajudá-lo, é a minha oração. Agora é o momento de combater "o bom combate da fé". 1 Timóteo 6:12. Agora é o tempo de lutar contra as tendências do coração natural. Agora é sua oportunidade de ser fiel como o aço aos seus votos matrimoniais, recusando-se -- em pensamento, palavra ou ação -- a macular o seu registro como homem que teme a Deus e obedece aos Seus mandamentos. Você tem estado a alimentar idéias espiritualistas. Mas se agora se volver inteiramente para Deus, a graça de nosso Senhor Jesus Cristo lhe será concedida, e a verdade triunfará em sua vida -- Carta 231, 1903. TCS 202 1 Reprovação pública -- Temos aqui um trabalho difícil a realizar. Havia um espírito de leviandade [no local]. Os moços estavam a formar pares com as moças e, quando reprovados, alguns deles se demonstraram desafiadores, insensíveis e negligentes. Tivemos de esclarecer estas coisas antes de podermos ter o espírito de liberdade em nossa reunião. No sábado, porém, tudo pareceu desmoronar. O irmão Y, que estivera pregando, também se ocupara correndo atrás de moças, mulheres casadas e viúvas, e esta parecia ser a sua inclinação, fora do púlpito, de Estado em Estado. Na manhã de domingo chamei-o pelo nome e disse diante de todos os presentes que não tínhamos lugar para homens desse tipo, pois eles apenas fariam duplicar o fardo que pesa sobre os ombros dos obreiros. TCS 202 2 Se eles tão-somente desviassem a si mesmos do caminho, seguindo as inclinações de seu coração, sem levarem a cabo esta obra sob um pretenso manto de santidade, a causa não sofreria tanto. Ele [o irmão Y] ainda não fez confissão. Não sabemos se a fará. Mas a luz irrompeu em nossa reunião, e os jovens que haviam estado a seguir o seu exemplo tomaram posição decidida e confessaram sua conduta incorreta. Quando é que se tornarão sábios os que professam a Cristo? -- Carta 53, 1884. TCS 203 1 Convite para trabalhar em outro país -- Querido irmão V: Esta manhã recebi e li sua carta, e se não respondê-la imediatamente temo esquecer o assunto. ... TCS 203 2 No tocante a você mudar de local de trabalho, gostaria de sugerir-lhe a Inglaterra. Existe ali um vasto campo de trabalho e apenas uns poucos obreiros; enorme quantidade de trabalho a ser executado, no qual todos poderão desempenhar uma parte -- todos os de sua família, se eles desejarem entregar-se ao Senhor e desempenharem uma parte em Sua causa. Você encontrará suficiente espaço para trabalhar, e se fizer a sua parte em humildade e mansidão, redimindo-se dos erros passados de sua vida, Deus o aceitará. Existe necessidade de obreiros na Inglaterra, e a vantagem desse país em relação a outros da Europa, é que nossos irmãos americanos podem trabalhar sem a necessidade de um tradutor. ... TCS 203 3 Se você vier para a Inglaterra, certamente encontrará suficiente trabalho para realizar, e Deus é misericordioso; compadece-Se de nossas fraquezas; perdoa nossas transgressões; e, se tão-somente vivermos de modo humilde e penitente, se deixarmos de praticar o mal e fizermos o bem, o Senhor nos dará a Sua aprovação. Queira o Senhor ensinar-lhe e atuar em seu favor. TCS 203 4 Gostaria eu que tivéssemos muitos outros homens dedicando a vida ao serviço missionário na Inglaterra. Neste país existem apenas poucos obreiros. Almejamos missionários aos quais Deus possa moldar e abençoar. Desejamos homens que sintam sobre si a responsabilidade pelas almas, homens que atuem como Cristo atuou -- zelosa e desinteressadamente -- a fim de salvar pecadores e iluminar os que se encontram em trevas. Escrevo-lhe esta breve carta, pensando que é mais ou menos isso que deve ser escrito. Sua irmã em Cristo. -- Carta 41, 1886. TCS 204 1 Imaginações e pensamentos impuros -- Irmão Z, sinto profunda angústia de alma por você. Temo, sim, temo muito que você jamais venha a entrar no reino de Deus. Sinto grande aflição de coração ao pensar no seu caso, como iluminado e credenciado servo de Jesus Cristo, mas tão obscurecido pela impureza, que os santos anjos são incapazes de se aproximar de você. Não é nenhuma novidade que seus pensamentos estejam corrompidos por imaginações e desejos impuros. Você não se libertou dos desejos pecaminosos e pensamentos licenciosos. Quando você me encontrou em Healdsburg e me afirmou que obtivera a vitória, proferiu uma mentira, pois você sabia muito bem que isso não era verdade. TCS 204 2 A mosca na teia de aranha -- Sua vida passada me foi apresentada como a de alguém que não possui força interior para resistir ao mal quando este aparece sob um aspecto convidativo. Você obteve a confiança de mulheres como sendo um homem piedoso e justo, e a partir daí se aproveitou desta confiança tomando liberdades -- beijando-as e indo tão longe com elas em práticas sedutoras e sensuais quanto lhe foi permitido; e isso não apenas com a irmã X, mas igualmente com outras. Dói-me o coração ao considerar que você maculou e poluiu mais que uma, duas, três ou quatro com essas suas insinuações, galanteios e carícias, que têm conduzido almas à licenciosidade e ao vício. E dizer que você é um vigia, um pastor! ... TCS 204 3 Você tem feito com que práticas más e sensuais parecessem desprovidas de perigo, e algumas foram desviadas por sua própria sensualidade, e seduzidas por não possuírem coragem moral para reprová-lo, um pastor, diante de suas práticas iníquas. Não foram poucas as que sacrificaram a consciência, a paz mental e o favor de Deus, porque um homem a quem o povo estabeleceu como vigia sobre os muros de Sião foi para elas o tentador -- um lobo vestido de cordeiro. TCS 205 1 E aquelas que não eram corruptas caem na armadilha que Satanás, através de um mau pastor, colocou diante delas sob diferentes pretextos e desculpas. Você tem afastado o seu coração da mortal oposição à pureza e santidade. A mosca foi assim atraída para a teia de aranha, o peixe iludido e preso pela isca na ponta do anzol. TCS 205 2 Método errado ao aconselhamento matrimonial -- Através de sua conduta, você rebaixou as coisas sagradas ao nível das comuns. Muitas o procuraram quase arruinadas, mas que poderiam ter sido salvas como um tição tirado do fogo. Sua conduta, porém, quebrando as barreiras que preservavam a santidade da relação matrimonial entre esposo e esposa, os artificiosos planos para levar as esposas a lhe confessarem os segredos de sua vida conjugal, induziram aquelas que já eram de inclinação fraca -- agora cativadas por você -- a abrirem-lhe o coração como a um confessor católico; e você as estimulou a crerem que haviam cometido um equívoco em sua vida matrimonial. TCS 205 3 Em toda família por vezes ocorrem mal-entendidos. Existem pensamentos e sentimentos expressos dos quais Satanás tira vantagem; contudo, se tanto o marido quanto a esposa resistirem ao diabo e humilharem o coração diante de Deus, as dificuldades serão sanadas sem deixar feias cicatrizes. Você, entretanto, tem feito um trabalho para encorajar a inimizade, em vez de sanar as dificuldades; a paz mental, a harmonia e a utilidade, não apenas das mulheres, como também dos homens, têm sido destruídas, e as sementes de práticas licenciosas por você espalhadas têm produzido uma colheita muito amarga. Assim muitos se afastam de Deus, mas o fato é que bem poucos retornam. TCS 205 4 Entrelaçamento do sagrado com o impuro -- A acanhada e complacente disposição de mulheres ou jovens aos avanços e familiaridades de homens -- homens casados -- leva-as a serem facilmente apanhadas na armadilha. O homem que deveria vigiar as almas a fim de salvá-las, espreita por oportunidades e ocasiões de arruiná-las! Existem tantas que possuem pouca firmeza de princípios, e que entram em contato com homens que pregam a verdade; alguns destes ensinam e aperfeiçoam a iniqüidade diante dessas almas, vestidos de trajes angelicais; e uma vez que o próprio coração não está guarnecido de princípios firmes e inabaláveis, a obra de ruína é rapidamente efetuada. TCS 206 1 O que é sagrado se rebaixa, e acaba por entretecer-se de tal forma com as práticas lascivas e impuras, que a vítima se confunde, e o templo da alma se converte num antro de iniqüidade. A princípio, as que nada suspeitam apenas ouvem; recebem as preferências e liberdades que lhes são demonstradas. Então essa prática as leva "como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede" (Provérbios 7:22), seguindo os passos do tentador, avançam plenamente até onde ele as conduzir. -- Carta 82, 1886. ------------------------Capítulo 30 -- Assistentes de Ellen White TCS 206 2 A W. F. C., em 6 de setembro de 1895 -- Esta manhã, quando voltei do terreno da escola, vi o seu cavalo amarrado à árvore em frente à barraca de Fannie Y. Depois de alguns momentos fui à barraca. Uma mulher de Newcastle e Jessie Israel estavam visitando Fannie. Você estava sentado, datilografando. Por que você não levou a máquina à barraca-refeitório? Que impressão pode uma tal atitude causar sobre a mente da jovem que visitava a escola? A impressão causada não deve ter sido favorável. TCS 207 1 Sua liberdade com mulheres jovens é inadequada, mas tudo lhe parece tão natural e comum, que você nada vê de errado nisso. A Palavra de Deus lhe tem mostrado que é necessário que se abstenha da própria aparência do mal; mas qual a sua atitude? Você é um homem casado, com esposa e dois filhos, os quais deixou na América, e este fato deveria ser suficiente, sem necessidade de qualquer outra lembrança, para levar você ao cultivo da sobriedade e cuidado no relacionamento com outras pessoas. ... Escrevo-lhe isto porque você está enganando Fannie, e evidentemente ela se encontra completamente cega e envaidecida. ... TCS 207 2 Ao estar em companhia de Fannie com tanta freqüência como você o fez em Melbourne, não apenas foi aparência do mal, mas o próprio mal. Você apreciou isso, mas devia ter possuído discernimento para entender que, mediante sua conduta, estava encorajando outros a seguirem o mesmo caminho. TCS 207 3 Estou indo agora para a Tasmânia, mas você e Fannie permanecerão em Avondale. Durante minha ausência, vocês se sentirão inclinados a permanecerem juntos com mais liberdade, pois não estarei presente para inibi-los. Temo que você venha a desonrar a verdade devido a suas familiaridades. Protesto decididamente contra isto. Mantenha-se longe da barraca de Fannie, pois de outra forma criar-se-á um escândalo. -- Carta 17, 1895. TCS 207 4 A W. F. C., por volta de setembro de 1895 -- Tenho recebido pouquíssimo auxílio de Fannie por muitos meses, não porque ela seja incapaz de trabalhar, mas porque ao associar-se com você, ela tem tido uma experiência que a incapacitou a realizar qualquer coisa em meu trabalho. ... TCS 207 5 Sinto-me muito aborrecida com outro assunto, que é o fato de você visitar Fannie em sua barraca. Já decidi que vocês dois não podem trabalhar juntos. Você é casado, pai de duas crianças. Se sua esposa tivesse se divorciado de você, nem isso o deixaria livre para casar-se outra vez, segundo leio em minha Bíblia. ... TCS 208 1 Antes de partir, preciso estabelecer algumas regras. Não existe motivo para W. F. C. ir à barraca de Fannie. Ela não tem estado em condições de trabalhar por algum tempo. Sua ligação a você é em boa medida a causa disto. Sei que as coisas são assim, pelo que lhe digo: Mantenha-se longe da barraca de Fannie. Quando eu estiver ausente, vocês talvez sintam que terão uma ótima oportunidade de se manterem em contato sempre que possível; deste modo, não posso partir sem adverti-lo e incumbi-lo de cuidar de si mesmo. Não quero que qualquer desonra sobrevenha a mim ou a esta comunidade em virtude de práticas ou hábitos descuidados, imprudentes. -- Carta 19, 1896. TCS 208 2 A Fannie Y, 23 de novembro de 1895 -- Tenho estado a considerar o seu caso em conexão com W. F. C., e não tenho outro conselho senão aquele que já apresentei. Considero que você não tem o direito moral de casar-se com W. F. C., assim como ele não tem o direito moral de casar-se com você. Ele deixou a esposa depois de provocá-la grandemente. Deixou aquela a quem prometeu, diante de Deus, amar e proteger enquanto ambos vivessem. Antes mesmo de ela obter o divórcio, quando ainda era sua esposa legal, ele a deixou por três anos, e então a abandonou no coração, declarando amor a você. O assunto foi discutido amplamente entre você e um homem casado, enquanto ele se achava legalmente vinculado à mulher com quem se casara, e que dele tivera dois filhos. TCS 208 3 Não vejo a menor partícula de tolerância nas Escrituras em conceder a qualquer de vocês dois o direito de casarem, embora a esposa dele esteja divorciada. A partir da provocação dele para com ela, foi em grande medida a atitude dele que ocasionou tal resultado, e não consigo ver sob qualquer luz favorável a idéia de ter ele o direito legal de unir os interesses dele com os seus, ou de você ligar os seus aos dele. Uma coisa é certa: Não poderei associar-me a nenhum de vocês se este passo for tomado, pois da maneira como vejo o assunto, as Escrituras condenariam sua união. Portanto, desejo que vocês dois compreendam que, conforme a luz que Deus me tem concedida a respeito do passado e do presente, não poderia eu pensar em empregar qualquer um de vocês se este passo for tomado. TCS 209 1 Sinto-me perplexa de que por um momento você tenha pensado em tal coisa, depositando suas afeições num homem casado, que deixou a esposa e filhos sob as circunstâncias em que o fez. Aconselho-a a colocar seus pensamentos e planos relativos a este assunto, exatamente como são, nas mãos de nossos irmãos de responsabilidade, para obter deles conselho e permitir que lhe mostrem pela lei de Deus o erro que você cometeu. Vocês dois quebraram a lei com o simples pensamento de que poderiam unir-se em casamento. Você deveria haver repelido tal idéia diante da primeira sugestão. -- Carta 14, 1895. TCS 209 2 A James Edson White, 9 de dezembro de 1895 -- ... Mas, ai, que dor de coração, pois outras coisas estavam se desenvolvendo e se tornando manifestas, as quais se constituíram um pesado fardo para mim. Foi a intimidade entre W. F. C. e [Fannie]. Apresentei a ambos todos os perigos, mas eles os rejeitaram. Contudo, na reunião de Melbourne, Fannie reconheceu que amava W. F. C., e que ele a amava. Tentei apresentar o assunto a ambos sob sua verdadeira luz. W. F. C. tinha uma esposa viva. Recentemente ela obteve o divórcio. Ele a havia deixado e se afastado por três anos. Mas Fannie me disse que estivera a orar para que, se fosse correto eles se casarem, que a esposa de W. F. C. obtivesse o divórcio. Quanta cegueira pode ocorrer aos que começam se desviando da conduta correta! Estes dois pensaram que poderiam unir-se em casamento e permanecer unidos trabalhando para mim. A administração de todo o meu trabalho ficaria sob responsabilidade dele. De modo nenhum, eu lhes disse. Tal passo os separaria de mim para sempre -- a ambos -- pois W. F. C. não tinha o direito moral [de casar-se]. -- Carta 123a, 1895. TCS 210 1 A W. F. C., 9 de abril de 1896 -- Sinto-me grandemente perturbada quando revejo o passado, à medida que os assuntos são colocados diante de mim pelo Espírito de Deus. Tenho uma decisiva mensagem a lhe apresentar, irmão C. Nenhuma luz especial a respeito de você e sua família me fora concedida até dois anos atrás. Foi-me então mostrado que a atitude por você demonstrada no seu lar não era cristã. Iniciou sua vida de casado aceitando um falso sábado, e navegando sob cores falsas. Contudo, uma esposa obtida ao você vender os princípios da verdade, não lhe poderia trazer paz ou felicidade. Deus foi desonrado por sua conduta neste assunto, e a Sua verdade lançada ao pó. TCS 210 2 Quando você abdicou do sábado em favor de sua esposa, ela regozijou-se de que obtivera a vitória, e também Satanás se regozijou. Entretanto, ao aceitar ela um homem disposto a vender seu Senhor em favor dela, não era capaz de contemplá-lo e honrá-lo como uma esposa devia fazer com o marido. Ao casar-se com você sob tais circunstâncias, não foi capaz de distinguir entre o amor de origem celestial e o amor mundano, não de origem divina. Um homem capaz de sacrificar o amor ao Pai celestial em favor de uma esposa, também é capaz de vender a esposa em favor de outra mulher. Esse tipo de amor é egoísta; é terreno, e jamais será capaz de suportar o teste da provação. TCS 210 3 O Senhor não emenda as leis de Seu governo, as leis que controlam Seus súditos, tanto neste mundo quanto no universo celestial. As leis naturais precisam ser obedecidas. Você, porém, estava tão determinado a obter a esposa, que derrubou todas as barreiras e transgrediu a lei de Deus, abrindo mão do sábado; você tem estado a colher tão-somente aquilo que plantou. TCS 211 1 Depois de casar-se, você tornou a aceitar o sábado. Este teria sido o passo correto se você o tivesse tomado com sinceridade e no temor de Deus. Disse Cristo [João 14:21 e 23 foi citado]. TCS 211 2 Ocorre que você conseguiu sua esposa sob uma promessa que mais tarde quebrou. Pagou um preço muito elevado por ela, e ao quebrar a sua palavra ofereceu a ela toda razão para ser tentada. Foi assim que Satanás obteve toda oportunidade para enganá-la, apresentando a ela este assunto na própria luz dele. Você sacrificou a verdade e vendeu sua lealdade a Deus a fim de obter uma esposa, e depois que você voltou a observar o sábado, sua conduta em relação a ela foi muito diferente do que havia sido. Deveria ter-lhe demonstrado toda a ternura, longanimidade e amor manifestados antes do casamento. Tal, porém, não ocorreu. Você não seguiu um procedimento capaz de manter o amor dela. Não consigo depositar minha confiança em você como cristão e, diante da atual situação, eu não seria capaz de dar meu consentimento para que você se tornasse membro de qualquer igreja. TCS 211 3 Você imaginou que, uma vez casado, poderia proceder como bem lhe parecesse. Isto amargurou sua vida de casado, e sua esposa teve todas as razões do mundo para recusar-se a deixar o seu lar e acompanhá-lo a este país. Sua aceitação de pontos de vista fanáticos em nada o favoreceu, antes deu a sua esposa a oportunidade de fortalecer-se contra os princípios da verdade. TCS 211 4 Por anos você tem estado distante de seu lar. Abandoná-lo da forma como o fez, causou dano a sua família. Você me disse que jamais se humilharia a ponto de retornar, jamais. Ocorre que o Senhor apresentou este assunto diante de mim. Sei que você não estará limpo à vista de Deus até que empreenda todo esforço a seu alcance no sentido de reconciliar-se com sua esposa. Você tem uma obra a realizar em favor de sua família, a qual não pode ficar sem ser feita. Isso eu lhe disse em Setembro último. Qualquer que tenha sido a posição assumida por sua esposa, qualquer que tenha sido o grau de leviandade e descuido por ela adotado, isso não o isenta de agir como pai em relação a seus filhos. Você deveria regressar a sua casa e empreender tudo a seu alcance a fim de reparar a brecha que você, um professo crente na verdade, provocou muito mais do que sua esposa. TCS 212 1 Ao entregar o seu amor a outra mulher, mesmo após sua esposa obter o divórcio, você transgrediu o sétimo mandamento. Mas você fez pior do que isto. Amou outra mulher antes de obter o divórcio da esposa, e disse a alguém: "Quão duro é estar vinculado a uma mulher à qual não amo, quando existe outra que amo, sim, até mesmo a terra sobre a qual ela pisa." TCS 212 2 Seu procedimento, enquanto em minha família, não foi aberto e franco. O relacionamento entre você e a pessoa a quem entregou as suas afeições foi conduzido sob falsidade e engano. Sob falsas pretensões, planos secretos foram levados avante. O Senhor expôs estes assuntos perante mim e eu tentei modificar a ordem das coisas, mas minha opressão de alma foi considerada por você e outros como nada. Naquela oportunidade você estava administrando estudos bíblicos e desempenhando parte importante no trabalho da igreja. Minha opinião e conselho não foram solicitados no tocante a essa importante decisão. Se tivessem sido, teriam poupado muita dor que se seguiu. TCS 212 3 Quando lhe falei acerca da liberdade que você sentia em companhia de moças, e lhe disse que não poderia tê-lo fazendo parte de minha família quando fosse para a Tasmânia, sua resposta foi que sempre havia sido sociável com as moças, e que jamais pensara que isso pudesse representar qualquer mal. Eu lhe disse que sabia existir mal nessa atitude de liberdade, e que não me sentiria justificada ao deixá-lo junto com minha família enquanto estivesse ausente. TCS 213 1 Quando lhe disse que você não poderia permanecer junto com os meus, sua resposta foi que, após haver acertado suas contas, o que demandaria cerca de uma semana, você poderia ir embora. Mas este assunto se arrastou, ou foi negligenciado, até cerca de duas semanas antes de nosso retorno da Tasmânia; e depois, em julho, fomos para Cooranbong. TCS 213 2 Este assunto não pode continuar assim. Não devo prosseguir sendo vista como alguém que está privando você de seu lar e sua família. Foi um erro, penso, haver alguma vez acolhido você no seio de minha família. Pensei que isso o ajudaria, mas não posso permitir que outros imaginem que o considero um homem digno de empenhar-se na sagrada obra que o Senhor me confiou. Não posso permitir que o assunto fique assim, pois isso me coloca em situação difícil. TCS 213 3 Não posso dar a idéia de estar justificando sua conduta na vida matrimonial. O fato de haver você deixado a esposa e filhos constitui uma ofensa a Deus, e preciso apresentar este assunto tal qual é, diante do presidente de sua Associação, o irmão Williams. Sempre tive a esperança de que ao você se dar conta de seus enganos, sentiria aquele arrependimento do qual não é necessário arrepender-se. Entretanto, minha experiência em Armadale, e a responsabilidade que foi colocada sobre mim ali, muito me fizeram sofrer; os assuntos relativos à sua vida passada foram mais amplamente expostos diante de mim. ... Você imaginou que receberia as credenciais de ministro do evangelho; mas, houvessem estas lhe sido concedidas, teria sido lançada desonra sobre a causa de Deus. Você tem apresentado a si mesmo como vítima, mas foi sua esposa a maior vítima. Ela jamais deveria ter sido tratada do modo como você a tratou. Você lidou de tal forma com os seus pequeninos, que sua esposa não poderia fazer outra coisa senão separar-se de você. Ela teve o coração quebrantado, esmagado, e quase chegou à loucura em virtude de sua forma opressiva e dominadora de disciplinar os filhos. TCS 213 4 Depois de desistir de Fannie, você dedicou suas afeições a outra mulher. Isso demonstra exatamente o que você faria se as oportunidades lhe aparecessem. Deu atenção a garotas, conquistando assim o amor das mesmas, pois quando você assim o deseja, suas maneiras são muito bondosas e atraentes. Enquanto tais fatos passaram diante de mim, senti indignação. Não posso guardar silêncio acerca destas coisas, e não o guardarei. Decidi que você deverá ser exposto como um homem sem princípios. Suas idéias acerca do que deve ser um cristão encontram-se em tal desarmonia com os princípios expostos na Palavra de Deus, que nenhuma responsabilidade relacionada com a causa de Deus deve ser-lhe atribuída. -- Carta 18, 1896. TCS 214 1 Ao pastor I. N. Williams, presidente da Associação da Pensilvânia (a Associação de origem de W. F. C.), 12 de abril de 1896 -- Temos sofrido grande preocupação mental em relação ao irmão W. F. C., que espera retornar à América com o navio deste mês. Ele tem demonstrado grande predileção pela companhia de garotas, e manifestado grande alegria, comportando-se como um garoto. Há cerca de um ano, por sugestão de meu filho, W. C. White, empreguei-o para operar a máquina de escrever enquanto Fannie Y lhe ditava os manuscritos. Logo, porém, senti-me preocupada. Advertências me foram dadas vez após outra. Falei-lhe acerca de sua frívola conduta e da liberdade e satisfação que ele sentia na companhia de moças, mas ele respondeu que sempre havia sido sociável com as garotas e que não via mal nisso. TCS 214 2 Quisemos ajudá-lo, pois não possuía dinheiro e suas roupas eram muito pobres. Possui boas habilidades, e poderia haver-se tornado um competente auxiliar para W. C. [White] ou um de meus auxiliares. Mas não arrisquei conservá-lo como membro de minha família. TCS 214 3 Ele se vinculou a Fannie Y e o assunto foi conduzido de maneira enganosa, antes que ele soubesse que sua esposa havia obtido o divórcio. Quando recebeu esta notícia, pareceu sentir-se grandemente aliviado, já que seu coração se encontrava totalmente afastado dela. Entretanto, o Senhor me concedeu luz quanto a este assunto. Considero que ele deve ser responsabilizado muito mais que a esposa, em vista do fato de que alega crer na verdade sagrada, e ela não faz tal profissão. Ele não foi um esposo bondoso e amável; não foi paciente e tolerante, mas muito crítico e arrogante sempre que a esposa o desagradava em qualquer aspecto. Não consigo ver como a esposa, em contato com o temperamento e disposição dele, poderia de alguma forma sentir-se atraída à verdade. Ela se opôs a ele e lhe tornou difíceis as coisas, mas não mais difíceis do que ele as tornou para ela, mediante sua conduta. Não enfrentou serenamente a oposição, como deveria fazê-lo um cristão. Agiu mal quando abandonou o lar, a esposa e os filhos. Poucos meses atrás, fui informada de que ele nada fez para mantê-los. TCS 215 1 Segundo as coisas me foram apresentadas, foi uma questão muito séria o haver ele centralizado suas afeições em outra mulher quando a esposa estava viva -- aquela a quem prometera amar e cuidar enquanto ambos vivessem. Por que abandonou ele o lar por tanto tempo, representava um mistério para todos nós, até que recentemente recebi iluminação divina a tal respeito. TCS 215 2 Ele é capaz de apresentar-se muito atraente, ganhando a confiança e favor das garotas, mas quando zangado, revela tal temperamento e disposição que, a menos que chegue a modificá-los, nenhuma mulher, crente ou incrédula, será capaz de viver pacificamente com ele. É capaz de seguir uma conduta que torna miserável a vida de qualquer mulher. Ele é um comilão intemperante, e por isso tem tão pouca paciência. TCS 215 3 Senti que chegara o tempo em que eu não mais poderia empregá-lo para cuidar de meus trabalhos, pois continuei recebendo advertências do Senhor a respeito de sua conduta. TCS 216 1 Escreverei mais a respeito disso, se necessário. Por bondade, escreva-me, apresentando os fatos relativos à família [dele] aí, tanto quanto sejam de seu conhecimento. Ajude W. C. White, se lhe for possível, a consertar as coisas e a remover a desonra da causa de Deus. Mesmo que a esposa já se encontre casada, talvez ele possa fazer algo em favor dos filhos. -- Carta 104, 1896. TCS 216 2 Ao irmão e irmã G. C. Tenney, 1 de julho de 1897 -- A questão entre Fannie Y e o irmão W. F. C. começou na reunião campal de Melbourne [janeiro de 1894]. Ali ela se enamorou de um homem casado, com dois filhos. Negava terminantemente que existisse qualquer afeição entre ela e o irmão C. Ela esteve diante de mim na minha barraca e declarou nada haver referente aos rumores. Durante o ano que se seguiu, ela não me foi de utilidade alguma, apenas uma carga morta, pesada. ... TCS 216 3 Tivemos este namoro entre Fannie e W. F. C. durante toda a reunião campal de Armadale. Conversei separadamente com ambos, e lhes disse que o Senhor tinha uma contenda com eles. Ambos negaram que houvesse qualquer coisa especial entre eles. Mas eu sabia das coisas; ainda assim, o Senhor me ajudou a trabalhar durante a reunião campal. Imediatamente antes do encerramento da reunião, Fannie veio a mim, dizendo: "Ó, irmã White, venho a você como se fosse minha mãe. Certamente eu amo o irmão C de todo o meu coração, e meu coração se encontra partido. Três vezes este copo de amargura me foi apresentado, e então afastado." A moça prosseguiu: "Orei para que, se fosse correto casarmos, sua esposa conseguisse divorciar-se dele, e não se passaram muitas semanas até que ela conseguisse o divórcio. Não lhe parece que o Senhor atendeu minha oração?" Não ousei falar-lhe naquele momento, pois no mesmo dia deveria apresentar-me diante de uma grande congregação. Se a irmã Prescott estiver em Battle Creek, será capaz de prover-lhes os detalhes. TCS 217 1 Bem, desde esse tempo me separei de Fannie, pensando jamais voltar a ter contato com ela. Entretanto, pouco depois, Fannie se encontrava em Sydney e me escreveu outra confissão. Era meu pensamento que não deveria trazê-la de volta, mas o Espírito do Senhor repousou sobre mim e me disse: "Dê-lhe uma nova oportunidade." Decidi então que veria Fannie e lhe diria que estava disposta a readmiti-la. Foi o que fiz, e ela permaneceu comigo várias semanas, embora incapaz de trabalhar; ela decidiu então que voltaria ao lar de sua mãe, ao que eu lhe disse que ela poderia sentir-se livre em fazê-lo. -- Carta 114, 1897. ------------------------Capítulo 31 -- Respeito por casamentos contrários à orientação bíblica TCS 218 1 A separação não é recomendada -- Estimado irmão [C. H. Bliss]: Sua carta foi recebida e lida. Tive familiaridade com vários casos semelhantes e tenho encontrado os que achavam ser necessário fazer alguma coisa em situações similares à que o irmão menciona. Depois de haver geralmente complicado as coisas, fazendo-as em pedaços, não possuíam eles sabedoria para tornar a remediar a situação e melhorar as coisas. Descobri que os que se demonstravam tão zelosos em romper as relações, nada faziam para construí-las na ordem correta. Tinham a faculdade de confundir, afligir e criar um estado ainda mais deplorável de coisas, porém não a capacidade de melhorá-las. TCS 218 2 Você pediu meu conselho quanto a este caso. Devo dizer que, a menos que os que se acham sobrecarregados com esta situação tenham estudado cuidadosamente um melhor arranjo das coisas, e possam encontrar lugares para as pessoas, onde elas se sintam confortáveis, muito melhor será que não levem avante suas idéias de separação. Espero ouvir que este assunto não está sendo tratado sob pressão, e que a simpatia não seja retirada das duas pessoas cujos interesses se uniram. TCS 218 3 Nada de movimentos apressados -- Escrevo isso porque tenho visto muitos casos desse tipo, e as pessoas pareciam ter grande preocupação até que tudo estivesse desfeito e rompido, e então o seu interesse e pesado fardo desapareciam. Temos de certificar-nos individualmente de que possuímos zelo baseado no entendimento. Não devemos agir apressadamente em tais assuntos, mas examinar todos os lados da questão. Devemos agir de modo muito cauteloso e com terna piedade, pois não conhecemos todas as circunstâncias que conduziram a tal conduta. TCS 219 1 Aconselho que estas pessoas desafortunadas sejam deixadas por conta de Deus e da própria consciência, e que a igreja não as trate como pecadoras, até que exista evidência de que é assim que são consideradas à vista do Deus santo. Ele lê os corações como se fossem um livro aberto. Seu julgamento não é como o do homem. -- Carta 5, 1891. ------------------------Capítulo 32 -- Irmão G. TCS 219 2 [Declaração de W. C. White: "Com relação ao irmão G, posso falar com certa liberdade. Por volta de 1875 ele se casou com uma professor muito inteligente. …ela era muito talentosa, mas depois de alguns anos veio a tornar-se impertinente e tornou a vida dele miserável. Nesta oportunidade ele se achava associado a uma jovem muito brilhante, contadora no colégio X, e desenvolveu afeição por ela. A irmã White escreveu-lhe uma carta de advertência muito clara, que ele prometeu atender. Pouco depois de a irmã White dirigir-se à Europa, o irmão G renunciou a seu cargo no colégio X, foi a Michigan para visitar sua irmã, e não se opôs a que sua esposa obtivesse o divórcio. TCS 220 1 "Até então, os que conheciam o caso o aprovavam, mas pouco depois disto ele se casou com a contadora anteriormente mencionada ; então todos os seus amigos se sentiram muito magoados. Ele lecionou durante um período em______, então estabeleceu-se próximo a______, e por muitos anos trabalhou arduamente, com sua esposa ajudando-o a extrair o sustento de uma pequena chácara de frutas e verduras. Eles vieram a compreender a maldade da conduta que haviam seguido. Arrependeram-se amargamente, e seus irmãos e irmãs sentiram-se satisfeitos de que o arrependimento fora genuine. Tiveram três belas crianças e, tanto quanto eu saiba, ninguém os estimulou a se separarem. Quando o assunto foi colocado diante da Sra. White, ela tampouco estimulou a separação, nem seria ela capaz de dar apoio a qualquer movimento no sentido de excluir o irmão G da participação nos trabalhos da mensagem do terceiro anjo. Na época mais avançada de sua vida, ele empenhou-se humildemente em um trabalho de manutenção própria no sul. TCS 220 2 "Se pessoas que vivem sob a luz da mensagem do terceiro anjo se propõe a deixar a companhia de alguém e unir-se a outra pessoa, é nosso dever adverti-las reprová-las e discipliná-las." TCS 220 3 "Se pessos que abraçaram a mensagem se enredaram em erros, e depois se arrependeram, confessaram seus pecados, receberam o perdão de Deus e adquiriram a confiança de seus irmãos, é melhor que tanto os pastores quanto os leigos deixem estas pessoas em paz, a desfrutarem do perdão e da justificação que foram concedidos através de Cristo, sem tentarem romper relacionamentos existentes." -- 21 de fevereiro de 1927. TCS 221 1 O irmão White acrescentou posteriormente: "Tenho acreditado durante muito tempo que nossos irmãos cometem sério erro em seus esforços para romper famílias argumentando que, no cumprimento de seus votos matrimoniais, na maioria das vezes feitos imprudentemente, estão continuamente cometendo adultério, dia após dia." -- Carta de W. C. White, 6 de janeiro de 1931. TCS 221 2 A attitude da Sra. White para com o caso do irmão G, é revelada nas cartas que seguem.] TCS 221 3 Tenhamos sabedoria do alto! Estimado irmão Haskell: ... Consideramos a abertura [da Escola Bíblica de Melbourne] como positiva. Todos estão contentes com os prédios e a localização da escola. Este fato é notável, pois geralmente alguns têm críticas a apresentar, mas neste caso não ouvimos palavra alguma de insatisfação nem mesmo insinuação. TCS 221 4 Depois da reunião tivemos uma conversa com o Pastor Starr. A questão se referia a um professor de gramática para as classes avançadas. Não existe perplexidade em relação às classes iniciais de gramática, mas necessitamos de professores bem qualificados em todos os ramos, e esperamos que o Pastor Olsen encontre um homem ou uma mulher capaz de vir à Austrália como professor competente. Se tão-somente o irmão G se houvesse mantido no caminho correto, ele seria a pessoa adequada. A questão é saber se sua reputação não o seguirá. Dificilmente nos aventuraríamos neste assunto e correríamos o risco. Não tenho dúvida de que o homem se arrependeu sinceramente, e creio que o Senhor lhe perdoou. Mas, se obrigado a fazer esclarecimentos, isto não lhe seria fácil; assim, pois, o que faremos com G? Deixá-lo onde se encontra, como uma vítima do remorso, e sem utilidade pelo restante de sua vida? Não consigo ver o que deva ser feito. Oh, que tenhamos sabedoria do alto! Sim, que tenhamos o conselho dAquele que lê os corações como se fossem um livro aberto! Como Satanás vigia pelas almas a fim de prendê-las com suas cordas infernais, para que percam a utilidade para o trabalho e fiquem desajudadas em suas mãos! "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." Mateus 26:41. -- Carta 13, 1892. (Escrita ao irmão G, cinco anos após o casamento contrário à orientação bíblica.) TCS 222 1 Convite para outro país -- Estimado irmão G: De tempos em tempos tenho pensado em você. Houvesse eu me sentido na liberdade de exercer meu critério, há bastante tempo o haveria aconselhado a mudar de local de trabalho. Tive a esperança de que meus irmãos tivessem sabedoria do alto, para aconselhá-lo a não permanecer onde se encontra hoje. Se você tem de fazer algo, que seja logo. Estivesse você neste país [Austrália], acredito plenamente que veria as portas se abrindo, através das quais se revelaria uma luz para os que jazem nas trevas do erro. TCS 222 2 Que tal vir para este país? Como Abraão, saindo sem saber para onde ia, e humildemente buscando orientação, eu lhe suplico que faça uma pausa. Venha para a Austrália enquanto nos encontramos aqui. Venha por conta própria. Terá condições de vir até aqui se vender sua chácara. Creio que então as portas se abrirão para você trabalhar; possa o Senhor dirigi-lo, é o meu mais sincero desejo e prece. ... TCS 222 3 Existe abundante trabalho para você no grande campo da colheita. Aqui os campos se encontram plenamente maduros para a ceifa: Trabalho para ser iniciado em Sydney, com cerca de um milhão de pessoas, e em Melbourne uma população ainda maior. Também precisamos penetrar em Queensland. Existem cerca de trinta observadores do sábado em certo lugar de Queensland, os quais nunca ouviram pessoalmente um pregador, e outros se encontram espalhados por toda a região, esperando pela mensagem da verdade. TCS 223 1 Por favor, poderia considerar este assunto e escrever-nos sobre o que pensa? Como estão as suas finanças? O que pensa fazer? Em que direção está o Senhor conduzindo a sua mente? Por bondade, considere o assunto, e que o Senhor lhe conceda sabedoria para mudar-se logo para algum lugar. Com muito amor. -- Carta 7a, 1894. TCS 223 2 Seguindo a orientação do Senhor -- Estimados irmãos G: Tive a satisfação de ouvir notícias de vocês e saber que estão se esforçando por realizar serviço ainda maior à causa de Deus. É seu privilégio receber grandes bênçãos ao ajudarem outros. Vocês podem ser diligentes "na sua obra" (Provérbios 22:29) e também "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Romanos 12:11. Podem ajudar seus companheiros no exercício de seu discernimento e demonstrando princípios de economia. Temos de gastar o dinheiro prudentemente, e acredito que é isso que vocês estão fazendo. TCS 223 3 Sejam sempre esperançosos e cresçam na graça e sabedoria de Cristo. Estou mais que satisfeita de que os irmãos estejam se empenhando no trabalho escolar, unindo a influência de vocês com a de outros obreiros na abertura das Escrituras àqueles que não compreendem a Palavra de Deus. Acredito que o Senhor tem estado a dirigi-los. -- Carta 56, 1910. ------------------------Capítulo 33 -- Estêvão Belden TCS 223 4 [Declaração de W C. White: "A irmã White não concordava com aqueles que defendiam o ponto de vista de que uma pessoa que se separasse da companhia de outra, contra a orientação bíblica, e casasse outra vez, deveria romper este segundo casamento para que pudesse ser aceita ou mantida como membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. TCS 223 5 "A irmã White reconhecia plenamente que, na maioria das vezes, essas pessoas haviam pecado, pecado gravemente, e que não deveriam ser aceitas como membros de nossas igrejas a menos que se houvessem arrependido. Mas a Sra. White não aceitava a alegação de que tal arrependimento não poderia ser considerado sincero, a menos que o novo vínculo fosse rompido e todo esforço fosse empreendido para se retornar ao companheiro original. Ela reconhecia o fato de que, na maioria dos casos, o reencontro das partes anteriormente unidas em casamento seria impossível ou extremamente desvantajoso. Ela também reconhecia que os votos proferidos por ocasião do segundo casamento fossem considerados da forma mais misericordiosa e amável em relação às partes envolvidas. "Por vezes ela se referia ao ensinamento de Paulo, o qual, havendo alcançado certo ponto de sua experiência, disse: 'Eu quisera poupar-vos.' 1 Coríntios 7:28. Ele sabia de condições existentes entre pessoas que viviam em relações resultantes do pecado. Sabia igualmente que Cristo aceitaria o arrependimento verdadeiro, e que em muitos casos a situação se tornaria pior se as relações fossem rompidas a fim de preparar o caminho para a nova junção de partes que se haviam revelado incompatíveis, de modo que a irmã White costumava dizer: 'Eu quisera poupar-vos.' 1 Coríntios 7:28. TCS 224 1 "Uma das irmãs mais velhas da Sra. White, Sarah Harmon, casara-se com Estêvão Belden e se tornara mãe de cinco filhos. Depois da morte da esposa, por pena de suas crianças, ele se casou com uma mulher que durante anos havia servido fielmente em sua família. Pouco depois disso, o sarampo atacou a vizinhança, e esta mulher, juntamente com outras pessoas, foi afetada pela doença de forma severa. O sarampo atingiu seu cérebro e ela se tornou insana, tendo de ser deixada num asilo. O irmão Belden lutou durante algum tempo, tentando tomar conta de seus cinco filhos, quando decidiu, por amor a estes, casar-se com uma mulher muito boa e eficiente. Ela o ajudou a reconstruir o lar e a cuidar dos filhos, e achava-se ao lado dele na Ilha Norfolk quando ele faleceu. Em várias oportunidades, indivíduos dos locais em que Estêvão vivia procuraram assegurar a sua exclusão da igreja por haver ele se casado sem separar-se da outra esposa, e o acusavam de adultério. Quando alguém recorreu à irmã White em relação a este assunto, ela disse: 'Deixem-nos em paz.'" -- Carta de W. C. White, 6 de Janeiro de 1931.] ------------------------Capítulo 34 -- William E (parte 1) TCS 225 1 [William E nasceu em Melborn, Quebec, em 1856. Depois de freqüentar o colégio de Battle Creek, trabalhou como pastor ou colportor em Michigan, Illinois, Indiana, Tennessee e Alabama. TCS 225 2 Seu primeiro casamento terminou em divórcio, depois do qual ele se tornou pai de uma criança sem haver-se casado com a mãe da mesma. Em 5 de Agosto de 1892, casou-se com uma terceira mulher, que continuava em sua companhia quando ele faleceu em 1934. TCS 225 3 Em 1901 o pai e o irmão de William E insistiram em que ele se divorciasse da esposa e retornasse a uma das companheiras anteriores. Sua primeira esposa casara novamente, mas a segunda mulher, com quem ele tivera a filha ilegítima, estava ansiosa por casar-se com ele, TCS 225 4 Edson White escreveu à mãe em 30 de Outubro de 1901, perguntando se seria necessário que o irmão E se separasse da sua atual esposa de modo a poder acertar as coisas com Deus. O que segue é a resposta de Ellen White.] TCS 226 1 Li agora mesmo sua carta concernente a William E. Vejo o assunto sob a mesma luz que você, e penso ser algo cruel e maligno que o pai de William E tenha assumido a posição que assumiu, mas não me atrevi a responder-lhe as cartas. Se alguma coisa deve ser repassada de mim para ele através de você, diria que a situação de William E não será melhorada se ele deixar a atual esposa. Não melhoraria as coisas se ele voltasse para a mulher em questão. ... TCS 226 2 Não tenho escrito a William E, mas sei que se o pai se arrependesse diante de Deus e retornasse às primeiras obras, deixando de considerar a si mesmo como estando em condições de ajudar o filho, poderia fazer-se a pergunta: "Está o meu nome escrito lá, numa página branca e bela?" Ele poderia muito bem começar humilhando-se perante Deus, deixando William Wales com Deus. TCS 226 3 Que o pai e o irmão façam diligente obra em favor de si mesmos. Ambos necessitam do poder convertedor de Deus. Que o Senhor ajude estas pobres almas a remover as manchas e impurezas do próprio caráter, e a se arrependerem de suas más ações, deixando William E com o Senhor. TCS 226 4 Sinto-me triste pelo homem, pois a sua conduta assumiu tal forma que parece não haver modo de melhorá-la, pois existem dificuldades sobre dificuldades. Ouso dizer que o Senhor compreende a situação, e se William E buscá-Lo de todo o coração, será encontrado por Ele. Se fizer seu melhor, Deus lhe perdoará e o receberá. TCS 226 5 Oh, quão precioso é saber que temos Alguém que tudo conhece e compreende, e que ajudará aqueles que mais necessitam de auxílio! Mas a reprovação divina acha-se sobre o pai e o irmão que estão agindo no sentido de destruir e fazer perder-se aquele que, diante de Deus, não se encontra sob pior condenação que eles mesmos, mas que ainda assim usam seus talentos para desencorajar, desanimar e conduzir William E ao desespero. TCS 226 6 William E deve esperar em Deus e fazer seu melhor a fim de servi-Lo humildemente, lançando sua desajudada alma sobre o grande Portador de pecados. Não escrevi uma única palavra, quer ao pai, quer ao irmão. Gostaria alegremente de fazer algo para ajudar o pobre William E a endireitar as coisas, mas isto não é possível do modo como as coisas agora estão, sem que alguém seja prejudicado. TCS 227 1 Entendo perfeitamente a situação entre William E e sua primeira esposa. ... E sei como o caso terminaria, pois William E não suportaria ser um escravo, com sua identidade perdida na de uma esposa que se julgou juíza da consciência dele, de seus deveres e de seu trabalho em geral. -- Carta 175, 1901. ------------------------Capítulo 35 -- William E. (parte 2) TCS 228 1 [No dia 15 de agosto de 1911, o pastor C. F. Mcvagh, presidente da Southern Union Conference, escreveu a W. C. White: TCS 228 2 "Estimado irmão: No Alabama, os oficiais da Associação encontraram-se muito perplexos acerca do caso de William e, foi-me solicitado que escrevesse pedindo uma cópia daquilo que foi escrito [pela Sra. White] no tocante às atividades desse irmão como pastor, e também conselho para a atual situação, ou instruções do Senhor. Você está familiarizado com o passado desta pessoa. Sua vida tem sido reta, tanto quanto saibamos, durante vários anos, e ele se tem dedicado a vender livros e Bíblias. Entretanto, ele sente sobre si a responsabilidade de pregar, e aonde quer que vá logo aparece a oportunidade de fazê-lo. Possui maravilhosa habilidade e logo surgem interessados. Ele apresenta evidência exteriores de profunda consagração e as pessoas aceitam a verdade apresentada por ele." TCS 228 3 "Há pouco mais de um ano ele mudou para Birmingham, Alabama, e dentro de pouco tempo estava tomando parte ativa nos serviços da igreja. Nesta ocasião a igreja se encontrava muito debilitada. Ele se tornou ancião, e logo iniciou algum trabalho e diversas famílias demonstraram interesse. Este cresceu e durante o inverno ele conduziu reuniões nas noites de domingo, num teatro, e a frequência foi grande, havendo alguns se decidido pela verdade. Ele possui a confiança dos membros da igreja, os quais naturalmente se sentem muito estimulados; assim, pelo fato de ele devotar muito de seu tempo cuidando dos interessados (trata-se de um obreiro infatigável), a comissão da Associação votou conceder-lhe um auxílio semanal de oito dólares. Obviamente não será capaz de viver com este valor e pensa que o interesse demanda tempo integral; de fato, ele deseja restaurar suas credenciais e obter completo reconhecimento como pastor da Associação. De sua experiência presente ninguém duvida, mas o passado marcou profundamente a ele e à sua família." TCS 229 1 "Sua esposa é um verdadeiro destroço emocional, e sua confiança foi tão amplamente abalada que, embora ela deseje que o marido pregue, existe o constante perigo de que ao ele se tornar popular e se envolver com o público, ela se torne ciumenta, que exista motivo para isso ou não, e venha ela própria a trazer escândalo ao falar do passado, o que ela é propensa a fazer quando começa a suspeitar dele. Todos se sentiriam grandemente aliviados se houvesse um conselho definitivo do Senhor para este caso. Tenho certeza de que todos o aceitariam, inclusive o irmão e a irmã E." TCS 229 2 "Pessoalmente, sinto muita tristeza por ambos e tenho confiança de que estão procurando viver corretamente, e gostaria de incentivá-los em tudo aquilo que for adequado. Seu passado é tão vigiado e tão amplamente conhecido , que tememos aconselhá-lo a empenhar-se no ministério, mas o fato é que ele o está fazendo, e aparentemente o Senhor está abençoando os seus esforços. Devemos aconselhá-lo a parar de pregar, ou deve a Associação aceitar os seus trabalhos e pagar-lhe por isto? Se ele trabalhar, deverá ser remunerado, e então o que dizer de suas credenciais?" Sinceramente, (assina) C. F. Mcvagh. TCS 230 1 " Escrito por solicitação da comissão da Associação do Alabama." TCS 230 2 Em 14 de setembro, o pastor White colocou esta carta nas mãos da Sra. White, e em 15 de setembro, o pastor White transmitiu o conselho da Sra. White a respeito deste caso ao pastor Mcvagh. Esta é a carta de W. C. White: TCS 230 3 " Estimado irmão Mcvagh: faz duas ou três semanas que recebi sua carta datada de 15 de agosto, no tocante à perplexidade que surgiu na Associação do Alabama diante do caso de William E." TCS 230 4 "Desde nosso retorno do sul da Califórnia, mamãe tem se sentido cansada e enfraquecida, de modo que não coloquei a carta em suas mãos a não ser ontem. Ela leu toda a carta, e quando relembrou todoa a dolorosa experiência vivida pelo irmão E, sentiu-se muito triste por ele e por todos os corações negativamente afetados no passado pelo comportamento fraco e pecaminoso deste irmão." TCS 230 5 "Mamãe diz que aqueles que têm lidado como as perplexidades decorrentes das muitas transgressões dele no passado é que devem assumir a responsabilidade de aconselhar a respeito de nosso presente dever para com ele. Mamãe não gostaria de assumir grande responsabilidade neste caso, mas em relação ao irmão E diz o mesmo que tem dita a respeito de outros homens em posições semelhantes: se eles se arrependeram totalmente, se estão vivendo de tal modo que seus irmãos se convençam de que estão sendo completamente sinceros, não os desliguem da comunhão da igreja, não os proíbam de trabalharem por Cristo numa posição humilde, mas ao mesmo tempo não os elevem a posições de responsabilidade." TCS 231 1 "Entendo, a partir destas colocações, que não seria sábio renovar as credenciais para enviá-lo de lugar a outro entre o povo; contudo, se ele tem sido um cristão fiel e adquiriu a confiança da igreja no lugar em que mora, não o impeçam de realizar um trabalho pelo qual aquela igreja possa assumir a responsabilidade. De fato, talvez seja o dever dos irmãos irem além e lhe pagarem pelo trabalho fiel que exerça. Para ser franco, não vejo como deixar de remunerá-lo adequadamente se realiza trabalho criterioso e fiel. Mas isso não significa que devemos colocá-lo diante da mesma tentação ao conceder-lhe credenciais e enviá-lo diante da Associação como um pastor itinerante." TCS 231 2 "Mais uma vez afirmo, como o diria mamãe: esta é uma quest~ao que deve ser submetida áqueles que tiveram que lidar com o caso no passado. Por bondade, considere as opiniões por mim expressadas como sendo apenas sugestivas." TCS 231 3 No final desta carta Ellen White anotou pessoalmente as seguintes palavras de endosso: "Esse conselho é correto para casos semelhantes. Que ele ande humildemente diante de Deus. Não vejo luz em dar-lhe responsabilidades." TCS 231 4 Não se ouviu mais acerca do assunto até o início de 1913, quando a Sra. White recebeu uma carta datada de 8 de janeiro de 1913, enviada por A. L. Miller, recentemente eleito presidente da Associação do Alabama, que dizia: TCS 231 5 "Estimada irmã White: é meu doloroso dever escrever-lhe concernente ao irmão William E. Não necessito falar de sua vida e história passadas, pois a irmã se acha suficientemente familiarizada com os fatos, já que lhe foi enviada uma carta por parte do pastor C. F. Mcvagh, datada de 15 de agosto de 1911. Lamento que tenha que trazer novamente o assunto à sua consideração." TCS 232 1 " A carta do pastor Mcvagh dizia respeito à questão de o irmão e receber credenciais e tornar-se obreiro da Associação." TCS 232 2 "A presente dificuldade é se o irmão e deve ser eleito ancião da igreja de Birmingham, a maior e agora mais influente igreja da Associação, pois a sede da mesma está localizada em Birmingham. A igreja está dividida diante da questão, e isso vem exercendo uma influência negativa sobre o trabalho na cidade e, de certa forma, em toda a Associação. A maioria acredita, diante das habilidades e dos trabalhados realizados recentemente na cidade (conforme declarado na carta do pastor Mcvagh, da qual uma cópia vai anexa), que ele deveria tornar-se ancião da igreja e atuar como o seu pastor, ou líder, ao passo que outros não favorecem esta idéia em virtude do registro de sua vida, e também pensam que os que lidaram com ele no passado devem aconselhar e recomendar quanto a esta possibilidade de ele se tornar ancião da igreja." TCS 232 3 "O conselho apresentado pelos irmãos relacionados com ele, e também um voto recente da comissão da Southern Union Conference, são no sentido de que ele não deve ser eleito ancião da igreja." TCS 232 4 "Em 28 de dezembro, o pastor S. E. Wight (novo presidente da Southern Union Conference) realizou uma reunião com a igreja, durante a qual a questão foi debatida de modo um tanto livre. O pastor Wight lidou muito cautelosamente com o caso e faloudos bons traços de caráter e qualificações do irmão e, mas fez a igreja saber que nem ele e nem eu podíamos nos sentir livres para ordená-lo, em virtude do conselho apresentado por aqueles que o conhecem." TCS 233 1 "O único ponto acerca do qual todos estamos de acordo, foi o de colocar este assunto diante da serva do Senhor, e aquilo que o Senhor declarar, todos concordamos em aceitar." TCS 233 2 "Pessoalmente, nenhum de nós tem coisa alguma a dizer contra o irmão E, antes o amamos e aceitamos em nossa comunhão como irmão da igreja, e assim o consideramos. A igreja, tendo o pastor Wight como líder, pediu que eu colocasse este assunto diante da irmã a fim de sabermos qual é a instrução do Senhor para nós." TCS 233 3 "Aguardando breve resposta, sou TCS 233 4 Sinceramente seu irmão em Cristo, (assinado) A. L. Miller 1700 North Seventh Avenue Birmingham, Alabama." TCS 233 5 "P. S.: Esta carta foi lida diante da igreja e por ela aceita." TCS 233 6 Imaginando que seu comparecimento pessoal diante da irmã White poderia influenciar positivamente o caso, o irmã e se dirigiu à Califórnia durante a segunda semana de janeiro, mas a Sra. White não se sentiu à vontade em ter uma entrevista. Ele colocou então sob forma escrita as circunstâncias de seu caso, endereçando a carta à Sra. White com a data de 13 de janeiro de 1913. Em 14 de janeiro, a cara do pastor Miller, de 8 de janeiro, bem como a carta do irmão E, de 13 de janeiro, foram postas diante da Sra. White. Ela fez a seguinte declaração quando as cartas foram lidas:] TCS 234 1 Não acredito que quaisquer questões como estas devessem ser postas diante de mim. Não creio ser meu trabalho lidar com tais casos, a não ser que eles sejam plenamente abertos diante de mim. Na igreja devem existir irmãos capazes de falar decididamente a respeito deste caso. Não consigo compreender tais coisas. Não creio que Deus deseje que eu assuma qualquer responsabilidade semelhante. Se eles não podem resolver esses assuntos com oração e jejum, que prossigam orando e jejuando até serem capazes. TCS 234 2 Tais questões aparecerão. Sim, elas aparecerão, quero dizer, eles experimentarão estas questões difíceis e precisam aprender como lidar com elas. Ainda não possuem tal experiência. Precisam levar esses assuntos diante do Senhor e acreditar que Ele ouvirá suas orações e lhes concederá uma experiência saudável em todas essas coisas, mas não devem trazê-las a mim. TCS 234 3 [O irmão W. C. White leu porções da carta do Pastor McVagh, de 15 de Agosto de 1911, após o que a Sra. White acrescentou:] TCS 234 4 Não tenho particular luz sobre este assunto, de modo que não me atreverei a falar positivamente sobre ele. TCS 234 5 Ele precisa demonstrar que Deus o aceitou e oferecer aos irmãos evidências tangíveis, sobre as quais eles possam decidir. Que eles digam: Vamos dar-lhe uma oportunidade. Verificaremos se Deus aceita os seus esforços ou não. TCS 234 6 Para mim, entretanto, não é sábio assumir responsabilidade neste caso. Não devo assumir a menor responsabilidade. Aqueles que observam diariamente as ações do irmão E deveriam saber se ele provou a si mesmo e se Deus o aceita. TCS 234 7 [Depois de ler a carta de William E, datada de 13 de Janeiro de 1913, Ellen White declarou:] TCS 235 1 Não posso assumir responsabilidade em tais casos. A responsabilidade de fazê-lo é muito grande. Poderia custar-me a vida. Que aqueles que foram apontados por Deus para conduzirem responsabilidades lidem com o caso de acordo com os princípios cristãos. -- Manuscrito 2, 1913. TCS 235 2 [Em conexão com a questão envolvida em sua declaração de 15 de Setembro de 1911, quanto a assumirem posições de responsabilidade aqueles que haviam passado por tristes experiências como as de William E, o Pastor W. C. White, no início do ano de 1913, escreveu o seguinte: TCS 235 3 "Parece-me que agora existe uma questão na mente dos irmãos, quanto a que significam as palavras: 'Não os desliguem da comunhão da igreja, não os proíbam de trabalharem por Cristo unuma posição humilde, mas ao mesmo tempo não os elevem a posições de responsabilidade." TCS 235 4 "Minha compreensão na época em que as palavras foram escritas, assim como a minha compreensão atual para as palavras: 'Não os elevem a posição de responsabilidade', é de que a elevação a posições de responsabilidade era o que se encontrava na mente dos irmãos quando pediram a restauração das credenciais e completo reconhecimento do irmão e como pastor da Associação. Não me ocorreu que isso pudesse aplicar-se à liderança na igreja. Naquela época a questão da liderança na igreja não se achava sob consideração."] ------------------------Capítulo 36 -- Apelo a pastores TCS 235 5 Mãos limpas e corações puros -- Aproximamo-nos do juízo, e aqueles que apresentam a mensagem de advertência ao mundo devem ter mãos limpas e coração puro. Devem manter viva comunhão com Deus. Os pensamentos devem ser puros e santos, a alma sem mácula, devem o corpo, a alma e o espírito ser uma oferta pura e limpa a Deus, ou Ele não a aceitará. ... Os jovens, por ofensas de natureza relativamente leves, são tratados com muita severidade. Mas quando homens e mulheres de ampla experiência, que têm sido considerados modelos de piedade, se revelam em seu verdadeiro caráter -- não santificados, sem santidade, de pensamentos impuros, de conduta degradante -- então é tempo de tais pessoas serem tratadas de maneira decisiva. A maior tolerância que para com eles é exercida, só tem tido, tanto quanto eu tenha conhecimento, a influência de fazer com que considerem sua fornicação e adultério como coisa muito leve, e toda a sua pretensão tem-se demonstrado semelhante ao orvalho da manhã quando sobre ele brilha o sol. TCS 236 1 Falsos pastores do rebanho -- Tão logo são colocados sob a tentação, já revelam seus defeitos morais -- que não são "participantes da natureza divina", e nem escaparam "da corrupção, que, pela concupiscência, há no mundo" (2 Pedro 1:4), mas são mundanos, sensuais, diabólicos. Neles encontra Satanás algo que ele pode transformar em acentuada iniqüidade, e aproveita a oportunidade. O resultado é que os que pretendem ser pastores do rebanho têm mente carnal, conduzindo à licenciosidade e lascívia as ovelhas que estão sob seu cuidado, cuja pureza, modéstia e virtude eles deviam guardar estritamente. TCS 237 2 Coisa maldita no acampamento -- Os anjos do Céu contemplam isso com vergonha, tristeza e aversão. Como podem os anjos puros do Céu ministrar a essa classe? Como podem eles levar luz do Céu às assembléias em que tais pastores estão defendendo a lei de Deus, mas quebrando essa lei sempre que se apresente uma oportunidade favorável, vivendo uma mentira, seguindo uma atitude dissimulada, atuando em segredo, nutrindo seus pensamentos poluídos e inflamando suas paixões, e então tirando vantagem de homens e mulheres, que são tentados, como eles mesmos, a quebrar todas as barreiras e desonrar seu corpo e a poluir sua alma? Como podem eles fazer tal coisa? Como podem ter diante de si qualquer temor de Deus? Como poderão ter qualquer amor a Deus em sua alma? De que vale sua fé na verdade? TCS 237 1 Limpem o acampamento desta corrupção moral, mesmo que atinja os homens mais destacados nas mais elevadas posições. "Deus não Se deixa escarnecer." Gálatas 6:7. Há fornicação em nossas fileiras. Sei disso, pois me tem sido mostrado que ela estava fortalecendo e ampliando a sua impureza. Muito há que nunca saberemos, mas o que é revelado torna a igreja responsável e culpada, a menos que ela exerça decidido esforço para erradicar o mal. Limpem o acampamento, pois existe maldição no meio dele. TCS 237 2 As palavras de Deus a Josué são: "Já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a coisa roubada. Dispõe-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: Há coisas condenadas no vosso meio, ó Israel; aos vossos inimigos não podereis resistir, enquanto não eliminardes de vosso meio as coisas condenadas." Josué 7:12, 13. Essas coisas foram escritas para nosso benefício, "sobre quem os fins dos séculos têm chegado". 1 Coríntios 10:11. TCS 237 3 Nenhuma razão real para esperança -- Não tenho verdadeiro motivo de esperança para com aqueles que têm permanecido como pastores do rebanho, e que por anos têm sido suportados pelo misericordioso Deus, seguindo-os com reprovações, advertências e súplicas, mas que têm escondido seus maus caminhos e neles continuado, desafiando as leis do Deus do Céu pela prática da fornicação. Podemos deixá-los realizar sua salvação com temor e tremor, depois que tudo se tiver feito para os reformar; mas em caso algum lhes confiem o cuidado de almas. Falsos pastores! Oh, poderá ser que os homens que por longo tempo se têm empenhado nessa obra, corrompam seus caminhos diante de Deus depois de ter grande experiência e luz especial? -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 426-428. TCS 238 1 Pastores adúlteros são mais culpados que Belsazar -- É uma verdade que deve fazer cada um de nós chorar, que os que vivem nestes últimos dias e "para quem já são chegados os fins dos séculos" (1 Coríntios 10:11), são muito mais culpados do que Belsazar. E isto é possível de muitas maneiras. TCS 238 2 Quando os homens tomam sobre si mesmos o voto de consagração, para dedicar todas as suas forças ao sagrado serviço de Deus; quando ocupam posição de expositores da verdade bíblica, e receberam a solene incumbência; quando os anjos de Deus são convidados como testemunhas da solene dedicação do corpo, da alma e do espírito ao serviço de Deus -- então profanarão esses homens que ministram num sacratíssimo ofício, as faculdades que Deus lhes deu, usando-as para fins não santificados? Deverão os vasos sagrados, que Deus quer usar para um trabalho elevado e santo, ser arrastados de sua elevada e controladora esfera para administrar a aviltante concupiscência? TCS 238 3 Definição de uma prostituta -- Não é essa adoração de ídolo da mais degradante espécie? -- os lábios dando louvores e adorando a um pecaminoso ser humano, extravasando expressões de arrebatadora ternura e adulação que só pertencem a Deus -- as faculdades entregues a Deus em solene consagração, servindo a uma prostituta; pois qualquer mulher que permitir os galanteios de qualquer homem que não seja seu marido, que der ouvidos aos seus atrevimentos, e cujos ouvidos se agradam do extravasar de palavras pródigas de afeição, de adoração, de carinho, é adúltera e prostituta. -- Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, 434, 435. TCS 238 4 Exemplo correto por parte dos pastores -- Os ministros do evangelho seriam homens poderosos se pusessem sempre o Senhor diante de si e dedicassem seu tempo ao estudo de Seu admirável caráter. Se fizessem isto, não haveria apostasias, ninguém seria separado da Associação por haver, pelas suas práticas licenciosas, desonrado a causa de Deus e exposto Jesus ao vitupério. As faculdades de todo ministro do evangelho devem ser empregadas para ensinar as igrejas que crêem a receber a Cristo pela fé como seu Salvador pessoal, a introduzi-Lo em sua própria vida e torná-Lo seu Modelo, para aprender de Jesus, crer em Jesus e exaltar a Jesus. O pastor deve, ele mesmo, demorar-se no caráter de Cristo. Deve ponderar a verdade e meditar sobre os mistérios da redenção, especialmente a obra mediadora de Cristo para este tempo. -- Mensagens Escolhidas 3:187. ------------------------Capítulo 37 -- Conselho a um presidente da Associação Geral TCS 239 1 Trato imprudente de um caso difícil -- Estimado irmão: Recebi sua última carta, e não posso responder de modo diferente do que já o fiz às questões relativas a T e ao irmão V Inclino-me pela mesma opinião que possuía quando escrevi a John V Penso que era seguro o conselho que apresentei a ele, e se meus bons irmãos houvessem agido de acordo com o mesmo, de que ele se dirigisse à Inglaterra para trabalhar, acho que teriam agido de uma forma que agradaria ao Senhor. Creio que agora as coisas se tornaram ruins para ele. Foram-lhe confiadas responsabilidades que têm a tendência de exaltá-lo. E pode ser que ele não se encontre em boa condição para dirigir-se ao trabalho em campos distantes, como se achava alguns meses atrás. TCS 240 1 Não modifiquei meu pensamento no tocante a este caso. Penso que não se lidou corretamente com o mesmo, nem se considerou a salvação da pessoa. Ele se propôs provar a si mesmo, sob a própria responsabilidade, sem gastos para a Associação, e deveria haver recebido tal oportunidade. TCS 240 2 Sonho encorajador da Sra. White -- Em relação ao irmão H, não creio que a forma como vocês estão lidando com ele seja a mais sábia. Penso que ele deve ter uma oportunidade em sua vida. Se ele está disposto e mesmo desejoso de vir à Europa por conta própria, talvez isso fosse o melhor. Ele jamais conseguirá recuperar-se onde está, sob as atuais circunstâncias. Há vários meses tive um sonho, no qual pude vê-lo restaurado e sob a bênção de Deus, mas ele não alcançou tal posição ajudado por você ou pelo irmão Haskell; no que dependesse de vocês dois, em virtude da atitude que para com ele assumiram, teria permanecido em trevas, e sua luz se extinguiria na escuridão. TCS 240 3 O sonho motivou a carta que W. C. White lhe escreveu, indagando-lhe quanto à disposição de vir para a Europa, que sua Associação votara havia um ano e deveria ocorrer -- mas cometeu depois o equívoco de enviá-lo a Oakland em vez de mandá-lo para a Europa. Ele deveria ter vindo imediatamente para cá. TCS 240 4 Decisão concernente a aconselhamento -- Não devemos insistir em qualquer outra coisa no caso desse irmão, mas empreender tudo que estiver a nosso alcance para salvar sua alma da morte e cobrir "uma multidão de pecados". Tiago 5:20. Por vezes tenho-me sentido em grande perplexidade, e tenho chegado mais ou menos à conclusão, quando um caso de erro e pecado grave me é apresentado, que nada devo dizer a meus irmãos de ministério se eles não sabem do caso, antes dispondo-me a trabalhar sinceramente pelo que está em erro, encorajando-o a esperar pela misericórdia de Deus e se apegar aos méritos do Salvador crucificado e ressurreto, a contemplar o Cordeiro de Deus em arrependimento e contrição, e viver em Sua força. "Vinde, pois, e arrazoemos...; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã." Isaías 1:18. TCS 241 1 Não é a mescla dos elementos do caráter que promovem bela harmonia entre a justiça, a misericórdia e o amor de Deus. Existe demasiada conversa, excessivas palavras e sentimentos fortes com os quais o Senhor nada tem a ver, e estes sentimentos fortes influenciam nossos bons irmãos. TCS 241 2 Compaixão e simpatia, mas também procedimento franco -- Sou compelida a proceder com franqueza e reprovar o pecado, e então tenho em meu coração, colocado ali pelo Espírito de Cristo, o atuar em fé, com terna simpatia e compaixão pelos que erram. Não os deixarei sozinhos; não deixarei que se tornem o joguete das tentações de Satanás. Não me permitirei desempenhar o papel do inimigo das almas, conforme representado por Josué e o anjo. As almas custaram o sangue de meu Redentor. TCS 241 3 Quando homens, eles mesmos sujeitos à tentação, errantes mortais, se sentem na liberdade de julgar os casos alheios, os de alguém que se humilhou até ao pó, e assumem sobre si a responsabilidade de decidir com base nos próprios sentimentos ou os de seus irmãos, quanto sentimento deve o errante manifestar para ser considerado perdoado, [estão] assumindo uma posição que Deus deles não requer. Quando tenho conhecimento de que existem pessoas que caíram em grave erro, mas temos trabalhado com elas e por elas, e depois disso Deus tem aceitado seus esforços, embora elas me houvessem pedido que as deixasse e não me preocupasse com elas, eu dizia: "Não desistirei de você; você precisa reunir forças para vencer." Esses homens encontram-se agora no serviço ativo. ... TCS 241 4 Não sancionar o pecado, mas conquistar pecadores -- Minha mente está muito perplexa diante destas coisas, porque não consigo harmonizá-las com a conduta que está sendo seguida. Temo sancionar o pecado, mas ao mesmo tempo tenho medo de abrir mão do pecador e não empreender esforços a fim de resgatá-lo. Penso que se nosso coração se encontrasse mais plenamente imbuído do Espírito de Cristo, deveríamos demonstrar Seu comovente amor e trabalhar com poder espiritual a fim de restaurar o errante e não deixá-lo sob o controle de Satanás. TCS 242 1 Necessidade de genuína religião no coração -- Necessitamos de genuína religião no coração, de modo que não apenas reprovemos, condenemos e exortemos "com toda a longanimidade e doutrina" (2 Timóteo 4:2), mas também tomemos os errantes nos braços da fé e os levemos à cruz de Cristo. Precisamos colocá-los em contato com o Salvador que perdoa pecados. TCS 242 2 Sinto dor mais profunda do que consigo expressar ao ver tão pouca aptidão e habilidade para salvar pecadores enganados por Satanás. Vejo um frio farisaísmo evitando aquele que foi iludido pelo adversário das almas, e então penso: Que seria de nós se Jesus nos tratasse assim? Deve um tal espírito crescer entre nós? Se assim for, meus irmãos que me desculpem, mas não posso trabalhar com vocês. Não tomarei parte em tal tipo de atividade. TCS 242 3 Corações de carne, não corações de aço -- Trago-lhes à lembrança o pastor à procura da ovelha perdida e também o filho pródigo. Desejo que estas parábolas exerçam influência sobre minha mente e meu coração. Penso em Jesus, e em quanto amor e ternura revelou pelos homens errantes e caídos; penso então no severo julgamento que alguém pronuncia sobre seu irmão que cedeu sob a tentação, e meu coração fica pesaroso. Vejo aço nos corações, e fico a pensar que devemos orar pedindo corações de carne. ... TCS 242 4 Desejaria que tivéssemos muito mais do espírito de Cristo e muitíssimo menos do eu, e menos opiniões humanas. Se errarmos, que o seja do lado da misericórdia, e não do lado da condenação e da dureza de tratamento. -- Carta 16, 1887. ------------------------Capítulo 38 -- Conselhos a líderes de instituições e de missão urbana TCS 243 1 Conduta dos líderes de missão urbana -- As missões são essenciais como fundamento de nossos esforços missionários nas cidades; mas, a menos que aqueles que estão à frente destas missões empreendam extenuantes esforços para vigiar cada posto para que Satanás não assuma o controle, ocorrerão perdas. ... TCS 243 2 Em conexão com a missão, devem existir pessoas casadas, que se conduzam de modo estritamente adequado. O perigo, porém, não diz respeito apenas aos jovens, mas inclui homens e mulheres casados; os obreiros precisam edificar ao redor de si muralhas de modéstia e virtude, de modo que as mulheres não venham a seduzir os homens, e nem os homens as mulheres, a se afastarem da conduta estrita. Devemos abster-nos até mesmo da aparência do mal. TCS 243 3 Prevalece um sentimentalismo doentio. Homens casados recebem atenções de mulheres casadas e solteiras; as mulheres também parecem estar enfeitiçadas, e perdem a razão, o discernimento espiritual e o bom senso comum; fazem as próprias coisas que a Palavra de Deus condena. ... Advertências e reprovações são-lhes apresentadas em linhas bem claras; contudo, estas pessoas prosseguem no mesmo caminho que outros trilharam antes delas. É como se houvesse um jogo de fascinação, do qual estivessem participando. Satanás as leva a efetuarem a própria ruína, a colocarem em perigo a causa de Deus, a crucificarem novamente o Filho de Deus, e a exporem-nO a vergonha aberta. TCS 243 4 Não existe segurança para homem algum, jovem ou idoso, a menos que sinta a necessidade de buscar o conselho divino a cada passo. Unicamente os que mantêm íntima comunhão com Deus aprenderão a colocar a Sua avaliação acima da dos homens, a reverenciar o que é puro, bom, humilde e manso. O coração precisa ser vigiado, como o de José. Então a tentação para desviar-se da integridade seria enfrentada com determinação. "Como, pois, cometeria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?" Gênesis 39:9. A mais poderosa tentação não é desculpa para o pecado. Não importa quão severa pressão seja exercida sobre a pessoa, o pecado é um ato da vontade. A sede da dificuldade é o coração não renovado. TCS 244 1 O pior tipo de traidor -- Um homem que pretende haver crido na verdade presente por anos, e é considerado por seus irmãos como digno de ocupar posições de confiança em missões ou em nossas instituições, pode revelar-se descuidado quando uma mudança de circunstâncias o leva a tentações, e com o tempo ele pode tentar outros. O caso dessa pessoa é muito triste, pois ela manifesta obras de um coração corrupto, carência daquele princípio que todo cristão deve possuir. TCS 244 2 Quando alguém a quem foram confiadas grandes responsabilidades trai seus sagrados encargos e se entrega às mãos de Satanás como instrumento de injustiça a fim de semear as sementes do mal, assim corrompendo a mente e coração de outros, torna-se um traidor da pior espécie. De uma mente assim manchada e poluída, os jovens muitas vezes recebem os primeiros pensamentos impuros, que os conduzem a uma vida de vergonha e depravação. TCS 244 3 Obreiros manifestando falta de firmes princípios -- Se os homens colocados na liderança de uma missão não possuem firmeza de princípio que os preserve de qualquer vestígio de leviandade e indevida familiaridade com moças e senhoras, depois de a luz haver sido revelada com tanta clareza, sejam eles despedidos sem uma segunda oportunidade. Existe uma depravação de coração que conduz a tais práticas e hábitos descuidados, que ultrapassará em muito qualquer bem que tal pessoa possa realizar. Vivemos em uma época de degradação moral; o mundo é uma segunda Sodoma. Aqueles que aguardam a segunda vinda do Filho do homem, aqueles que sabem encontrar-se nas próprias fronteiras do mundo eterno, devem estabelecer um exemplo que esteja em harmonia com sua fé. Os que não se mantiverem em pureza e santidade não serão aceitos por Deus. Os verdadeiros filhos de Deus encontram-se profundamente enraizados em princípios que não serão abalados pelas tentações, pois Cristo está habitando no coração deles por meio da fé. TCS 245 1 Inutilidade de uma segunda oportunidade -- Uma segunda oportunidade não seria de proveito para aqueles cujo senso moral se encontra tão pervertido, a ponto de não perceberem seu perigo. Se depois de haverem defendido a verdade por tanto tempo, [se] seu poder santificador não houver sido capaz de firmar neles um caráter piedoso, virtuoso, puro, que sejam tais pessoas desligadas das missões sem mais demora, pois através das mesmas Satanás insinuará os mesmos sentimentos descuidados na mente dos que precisam de exemplos de virtude e dignidade moral. Qualquer coisa que faça lembrar o sentimentalismo barato, qualquer imitação de vulgaridade, deve ser decididamente reprovada. -- The General Conference Bulletin, 162 (1893). TCS 245 2 Este não é um tempo para impulsos corruptos -- Nosso tempo de graça, na melhor das hipóteses, é curto. Não temos tempo a perder com condescendentes impulsos corruptores. A familiaridade de homens casados com mulheres casadas e garotas causa repugnância à vista de Deus e dos santos anjos. A audácia de garotas em se colocarem em companhia de moços, demorando-se à volta deles enquanto estão no trabalho, entabulando conversação com eles, falando de modo comum e ocioso, avilta a feminilidade. Rebaixa-as mesmo na avaliação daqueles que também praticam as mesmas coisas. TCS 245 3 Existe positiva necessidade de reforma em todas as nossas instituições. Toda frivolidade, toda indevida atenção de homens e mulheres, deve ser condenada e interrompida. Alguns, mesmo homens casados, que têm sido condescendentes com esta rebaixadora familiaridade, têm procurado desculpar a si mesmos e escapar da censura ao alegarem que não praticaram ofensa moral. Não terá sido uma ofensa moral gracejar, dizer piadas e oferecer lisonjeiras atenções às mocinhas? Não estão vocês iniciando na mente delas uma série de pensamentos que depois lhes será impossível modificar? Não estarão vocês, através de leviandade e galanteios, a sancionar uma tal conduta? TCS 246 1 Vocês que mantêm posições de confiança e alegam ser cristãos, não têm tolerado tal familiaridade que conduz ao pecado? Qual o registro feito nos livros do Céu pelo Vigia divino? Não existiu ofensa moral em relação às pessoas com as quais vocês tiveram tanta familiaridade? Certamente existiu. Foram causadas impressões que perdurarão. Essas garotas confirmam-se no namorisco e flerte. Toda condescendência desse tipo tende a torná-las vulgares e levianas. Tornam-se cada vez mais arrogantes na companhia de mulheres e homens levianos e frívolos, cuja conversação é qualquer coisa, exceto santa, pura e enobrecedora. TCS 246 2 Definição de ofensa moral -- "Nenhuma ofensa moral." Esta tem sido a desculpa apresentada por todos os que são reprovados por semelhante conduta. O que é ofensa moral? Porventura cegaram-se a tal ponto as suas sensibilidades espirituais, que vocês não podem discernir a verdade? Não sabem vocês que as parreiras não produzem espinhos, e nem os espinheiros, uvas? Se a verdade é introduzida no santuário interior da alma, ela criará o gosto pela pureza moral. Então todas as práticas objetáveis e desmoralizantes serão percebidas como verdadeira negação de Cristo, um pecado que polui a alma. ... Toda frivolidade, gracejo, piada ou bajulação dirigida a moças ou senhoras, rapazes ou homens, serão como espinhos, e aquele que os produz será um espinheiro, pois a árvore é conhecida "pelos seus frutos". Mateus 7:16. TCS 246 3 Que os que professam a religião de Cristo não desçam à conversação vulgar, à indevida familiaridade com mulheres de qualquer classe, casadas ou solteiras. Devem eles manter seus devidos lugares, com toda dignidade. Ao mesmo tempo devem ser sociáveis, bondosos e corteses com todos. TCS 247 1 As jovens senhoras devem ser reservadas e modestas. Ao caminharem, se estiverem com saúde, não necessitarão apoiar-se no braço de homem algum. Não devem dar ocasião a que se fale mal delas, em lugar de bem. TCS 247 2 Toda instituição de saúde um campo missionário -- Devem ser escolhidos homens para liderarem nossas instituições, os quais possuam não apenas bom e são discernimento, mas que revelem elevado tono moral, que sejam circunspectos em sua conduta, puros na conversação, lembrando de sua alta e santa vocação, e que existe um Vigia, uma testemunha fiel, para cada ato ou palavra. Se os homens de nossas instituições revelarem baixo nível de pensamentos, se a sua conversação tender a corromper em lugar de elevar, sejam eles removidos imediatamente de qualquer ligação com a instituição, pois certamente perverterão outros. Deve-se manter o bem-estar de toda a instituição. Lembrem-se todos de que as nossas instituições de saúde são um campo missionário. Os olhos de Deus estão sobre elas dia e noite. Ninguém deve sentir-se na liberdade de permitir ainda que seja a aparência do mal. -- Special Testimonies, Series B, n1 16, páginas 6 e 7. ------------------------Capítulo 39 -- A pessoa em adultério e sua filiação à igreja TCS 247 3 Declaração antiga de Ellen White -- O Senhor nos concedeu opressão de espírito no último domingo [5 de Fevereiro de 1854], e enquanto estávamos empenhados em sincera oração, fui tomada em visão e contemplei o estado de alguns dentre o professo Israel de Deus. Vi a condição de muitos em nossa reunião em Oswego. Vi que estavam atrapalhando a obra de Deus, especialmente os de Caughdenoy. Vi que o desagrado de Deus repousava sobre eles, e também sobre alguns de Roosevelt. TCS 247 4 Disse o anjo: "O machado não foi posto à raiz da árvore." Aqueles que manifestaram condescendência com as más paixões do coração devem ser desligados da igreja. Se Deus houvesse constituído o irmão Roosevelt um supervisor do rebanho, haveria ele percebido o mal e a corrupção entre o povo. O machado não foi posto à raiz da árvore. Em Deus não houve mudança nem alteração. Ele é um Deus zeloso, e não considerará o pecado agora com maior complacência do que o fez com o antigo Israel. Pecado é pecado. Os pecados não têm sido considerados em toda a sua pecaminosidade, mas tem-se feito parecer que os pecados são vistos como algo insignificante diante de Deus. TCS 248 1 Um pecado enorme -- Vi que o sétimo mandamento tem sido violado por alguns que agora se encontram na comunhão da igreja. Isso tem trazido sobre eles o desagrado de Deus. Este pecado é assustador nestes últimos dias, mas a igreja [os membros] tem causado o desagrado de Deus e acarretado maldição sobre si própria ao considerar tão levianamente o pecado. Vi que se trata de um pecado enorme, e não têm sido empreendidos esforços tão vigilantes quanto deveriam ser, no sentido de eliminar o desprazer de Deus e remover Seu desagrado ao assumir-se uma conduta estrita e reta para com o ofensor. TCS 248 2 Isso tem exercido uma tremenda e corruptora influência sobre os jovens. Eles observam quão levianamente se considera a transgressão do sétimo mandamento, e aquele que comete este pecado horrível pensa que tudo que tem a fazer é confessar o erro e sentir-se triste, e então voltar a desfrutar de todos os privilégios da casa de Deus e ser mantido na comunhão da igreja. TCS 248 3 Estas pessoas têm imaginado que o adultério não é um pecado grave, antes têm considerado levianamente a transgressão do sétimo mandamento. Isso tem sido suficiente para remover a arca de Deus do acampamento, mesmo que não existissem outros pecados a causar a remoção da arca e o enfraquecimento de Israel. TCS 248 4 Suspensão dos adúlteros da igreja -- Aqueles que transgridem o sétimo mandamento devem ser suspensos da igreja, não devendo desfrutar da comunhão da mesma nem dos privilégios da casa de Deus. Disse o anjo: "Isto não é um pecado por ignorância. Trata-se de um pecado consciente e que receberá a terrível visitação de Deus, seja o seu praticante idoso ou jovem." TCS 249 1 Pecado deliberado, arrogante -- Nunca dantes foi este pecado considerado tão excessivamente pecaminoso por Deus como no tempo presente. Por quê? Porque Deus está purificando "para Si mesmo, um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras". Tito 2:14. Neste exato tempo em que Deus assim purifica um povo exclusivamente Seu, que indivíduos [não santificados] se introduzam entre nós. A despeito das verdades muito claras que eles têm ouvido -- os terrores da Palavra de Deus postos diante deles, e todas as abrasadoras verdades para estes últimos dias destinadas a despertar a Israel -- pecam arbitrariamente, dando margem a todas as devassas paixões do coração carnal, satisfazendo suas propensões sensuais, desonrando a causa de Deus e então confessando que pecaram e que se sentem tristes! TCS 249 2 E a igreja os recebe e diz "amém" a suas orações e exortações, as quais representam um mau cheiro às narinas de Deus e fazem com que Sua ira se manifeste sobre o acampamento. Ele não permanecerá em suas assembléias. Aqueles que lidam de modo descuidado e complacente com esses pecados serão entregues aos próprios caminhos, para colher o resultado das próprias obras. TCS 249 3 Aqueles que, em tempos antigos, cometiam tais pecados eram arrastados para fora do acampamento e apedrejados. Sua sorte era a morte temporal e eterna; e porque a penalidade de apedrejamento foi abolida, condescende-se com este pecado, além da medida, como se tratasse de uma pequena ofensa. -- Manuscrito 3, 1854. TCS 249 4 Nenhuma ajuda para este homem -- É impossível para o irmão E associar-se à igreja de Deus. Ele se colocou onde não pode ser ajudado pela igreja, nem ter com ela nenhuma comunhão ou vínculo. Ele se uniu ao povo por causa da luz e da verdade, mas escolheu obstinadamente o próprio caminho e recusou ouvir a reprovação. Seguiu as inclinações do coração corrompido, violou a santa lei de Deus e desgraçou a causa da verdade presente. Se ele arrepender-se sinceramente, a igreja não deve interferir em seu caso. Se for para o Céu, deverá ir sozinho, sem a comunhão da igreja. Uma permanente censura da parte de Deus e da igreja deve estar sobre ele, para que o padrão de moralidade não seja rebaixado ao pó. -- Testemunhos para a Igreja 1:215. ------------------------Capítulo 40 -- Declaração de Ellen e Tiago White TCS 250 1 Possibilidade de restauração -- No caso da magoada irmã A. G., devemos dizer, em resposta às perguntas de J. H. W., que esta é uma característica da maioria das pessoas apanhadas pelo pecado, como o foi seu esposo, o fato de não possuírem uma verdadeira percepção de sua vilania. Alguns, entretanto, o têm, e são restaurados à comunhão da igreja, mas não antes de reconquistarem a confiança do povo de Deus através de irrestrita confissão e um período de sincero arrependimento. Este caso apresenta dificuldades que alguns outros não apresentam, e desejamos acrescentar apenas o seguinte: TCS 250 2 1. Em casos de violação do sétimo mandamento em que a parte culpada não manifesta verdadeiro arrependimento, se a parte ofendida pode obter o divórcio sem piorar a própria condição e a dos filhos -- se os tiver, caso pior ainda -- deve sentir-se livre para divorciar-se. TCS 251 1 2. Se tais pessoas correrem o risco de colocar a si mesmas e aos filhos sob condição pior através do divórcio, não conhecemos qualquer texto escriturístico que torne a pessoa inocente culpada se permanecer com o cônjuge. TCS 251 2 3. Tempo, trabalho, oração, paciência, fé e uma vida piedosa poderão efetuar uma reforma. Viver com alguém que quebrou os votos matrimoniais e está totalmente envolvido pela desgraça e vergonha de um amor culposo, não se dando conta disso, é um câncer que corrói a alma; ainda assim, o divórcio é uma chaga que parte o coração por toda a vida. Deus tenha misericórdia da parte inocente. O casamento deve ser considerado bem antes de ser contraído. TCS 251 3 4. Por que, sim, por que deverão homens e mulheres, os quais podem ser respeitáveis e bons, e finalmente alcançar o Céu, vender-se de modo tão barato ao diabo, ferir seus mais íntimos amigos, desgraçar suas famílias, acarretar vergonha à causa [de Deus] e finalmente serem destinados ao inferno? Que Deus tenha misericórdia! Por que não haverão aqueles, apanhados em crime, de manifestar arrependimento proporcional à enormidade de seus pecados, e de refugiar-se em Cristo buscando misericórdia, procurando curar, tanto quanto possível, as mágoas que ocasionaram? TCS 251 4 5. Mas, se não procederem como devem, e se a parte inocente abrir mão do direito legal de divorciar-se, permanecendo em companhia da parte culpada depois de conhecido o fato, não vemos qualquer pecado da parte do cônjuge inocente em permanecer, e seu direito moral de partir parece questionável se a sua saúde e vida não estiverem sob séria ameaça ao fazer assim. TCS 251 5 6. Como nos dias de Noé, um dos sinais desta época é a paixão por casamentos insensatos e apressados. Satanás se acha envolvido nisso. Se Paulo foi capaz de permanecer solteiro e recomendou o mesmo a outros, de modo que ele e os demais pudessem pertencer inteiramente ao Senhor, por que não fazem o mesmo aqueles que poderiam ser totalmente dEle, e desejam certificar-se de evitar cuidados, provas e amarga angústia, tão freqüentemente experimentados pelos que escolhem o casamento? Além disso, se ele decidiu assim permanecer, e pôde recomendá-lo a outros, há cerca de dezoito séculos, não seria algo digno de nota o permanecer na condição do apóstolo, por parte daqueles que estão aguardando a volta do Filho do homem, a menos que houvesse inquestionáveis evidências de que estariam a melhorar sua condição e tornando mais garantido o Céu ao se casarem? Quando tantas coisas estão em jogo, por que não estar do lado certo o tempo todo? -- The Review and Herald, 24 de Março de 1868. ------------------------Capítulo 41 -- O amor de Deus pelo pecador TCS 253 1 O céu e o coração do homem -- Ao mesmo tempo em que Cristo revela o Céu ao homem, a vida que Ele transmite abre o coração do homem ao Céu. O pecado não somente nos exclui de Deus, mas também destrói no coração humano tanto o desejo como a capacidade de O conhecer. É a missão de Cristo desfazer toda esta obra do mal. Tem Ele poder para fortalecer e restaurar as faculdades paralisadas pelo pecado, a mente obscurecida, a vontade pervertida. Ele nos abre as riquezas do Universo, e por Ele nos é comunicada a capacidade de discernir estes tesouros e nos apoderar deles. -- Educação, 28, 29. TCS 253 2 Jesus conhece cada indivíduo -- Jesus nos conhece individualmente, e comove-Se ante nossas fraquezas. Conhece-nos a todos por nome. Sabe até a casa em que moramos, o nome de cada um dos moradores. Tem por vezes dado instruções a Seus servos para irem a determinada rua, em certa cidade, a uma casa designada, a fim de encontrar uma de Suas ovelhas. TCS 253 3 Cada alma é tão perfeitamente conhecida a Jesus, como se fora ela a única por quem o Salvador houvesse morrido. As dores de cada uma Lhe tocam o coração. O grito de socorro chega-Lhe ao ouvido. Veio para atrair a Si todos os homens. Ordena-lhes: "Segue-Me", e Seu Espírito lhes comove o coração, atraindo-os para Ele. Muitos recusam ser atraídos. Jesus sabe quem são. Sabe igualmente quais os que Lhe escutam de boa vontade ao chamado, e estão prontos a colocar-se sob Seu pastoral cuidado. Diz Ele: "As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu conheço-as, e elas Me seguem." João 10:14 e 16. Cuida de cada uma, como se não houvesse nenhuma outra na face da Terra. -- O Desejado de Todas as Nações, 479, 480. TCS 254 1 Possessão demoníaca sete vezes repreendida -- Maria fora considerada grande pecadora, mas Cristo sabia as circunstâncias que lhe tinham moldado a vida. Poderia ter acabado com sua esperança, mas não o fez. Fora Ele que a erguera do desespero e da ruína. Sete vezes ouvira ela Sua repreensão aos demônios que lhe dominavam o coração e a mente. Ouvira-Lhe o forte clamor ao Pai em benefício dela. Sabia quão ofensivo é o pecado à Sua imaculada pureza, e em Sua força vencera. TCS 254 2 A transformação de Maria -- Quando, aos olhos humanos, seu caso parecia desesperado, Cristo viu em Maria aptidões para o bem. Viu os melhores traços de seu caráter. O plano da redenção dotou a humanidade de grandes possibilidades, e em Maria se deviam as mesmas realizar. Mediante Sua graça, tornou-se participante da natureza divina. Aquela que caíra e cuja mente fora habitação de demônios, chegara bem perto do Salvador em associação e serviço. TCS 254 3 Foi Maria que se assentou aos pés de Jesus e dEle aprendeu. Foi ela que Lhe derramou na cabeça o precioso ungüento, e banhou Seus pés com as próprias lágrimas. Achou-se junto à cruz e O seguiu ao sepulcro. Foi a primeira junto ao sepulcro, depois da ressurreição. A primeira a proclamar o Salvador ressuscitado. TCS 254 4 Quanto maior o pecado, maior a necessidade de Jesus -- Jesus conhece as circunstâncias de toda alma. Você pode dizer: Sou pecador, muito pecador. Talvez o seja; mas quanto pior você for, tanto mais necessita de Jesus. Ele não repele nenhuma criatura que chora, contrita. Não diz a ninguém tudo quanto poderia revelar, mas manda a toda alma tremente que tenha ânimo. Perdoará abundantemente todos quantos a Ele forem em busca de perdão e restauração. TCS 255 1 Cristo poderia comissionar os anjos do Céu para derramar as taças de Sua ira sobre nosso mundo, a fim de destruir a todos quantos estão cheios de ódio contra Deus. Poderia apagar essa mancha negra do Seu Universo. Mas assim não faz. Acha-Se hoje ante o altar de incenso, apresentando perante Deus as orações dos que desejam Seu auxílio. TCS 255 2 As almas que a Ele se volvem em busca de refugio, Cristo erguerá acima da acusação e da contenda das línguas. Nenhum homem ou anjo mau pode incriminar a essas almas. Cristo as liga a Sua própria natureza humano-divina. Acham-se ao lado dAquele que tomou sobre Si os pecados, na luz que procede do trono divino. "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." Romanos 8:33, 34. -- O Desejado de Todas as Nações, 568. TCS 255 3 Ajudador que nunca falha -- A alma que se entregou a Cristo é mais preciosa a Seus olhos do que todo o mundo. O Salvador teria passado pela agonia do Calvário para que uma única alma fosse salva no Seu reino. Jamais abandonará uma pessoa por quem morreu. A menos que Seus seguidores O queiram deixar, Ele os há de segurar firmemente. TCS 255 4 Em meio de todas as nossas provações, temos um infalível Ajudador. Não nos deixa lutar sozinhos com a tentação, combater o mal, e ser afinal esmagados ao peso dos fardos e das dores. Conquanto Se ache agora oculto aos olhos mortais, o ouvido da fé pode-Lhe ouvir a voz, dizendo: "Não temas; Eu sou contigo." Isaías 41:10. TCS 255 5 "Eu sou... o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre." Apocalipse 1:18. Suportei as suas dores, experimentei as suas lutas, enfrentei as suas tentações. Conheço as suas lágrimas; também Eu chorei. Aqueles pesares demasiado profundos para serem desafogados em algum ouvido humano, Eu os conheço. Não pensem que estão perdidos e abandonados. Ainda que sua dor não encontre eco em nenhum coração na Terra, olhem para Mim e vivam. "As montanhas se desviarão, e os outeiros tremerão; mas a Minha benignidade não se apartará de ti, e o concerto da Minha paz não mudará, diz o Senhor, que Se compadece de ti." Isaías 54:10. -- O Desejado de Todas as Nações, 480-483. TCS 256 1 Ódio pelo pecado, amor aos pecadores -- Jesus Se ergueu e, olhando para a mulher, disse: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? e ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem Eu também te condeno: Vai-te, e não peques mais." João 8:10 e 11. TCS 256 2 A mulher estivera toda curvada, possuída de temor diante de Jesus. Suas palavras: "Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela", haviam-lhe soado qual sentença de morte. Não ousava levantar os olhos para o rosto do Salvador, mas aguardava em silêncio a condenação. Atônita, viu os acusadores partirem mudos e confundidos; então, chegaram-lhe aos ouvidos as palavras de esperança: "Nem Eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." João 8:11. Comoveu-se-lhe o coração, e ela se atirou aos pés de Jesus, soluçando em seu reconhecido amor e confessando com amargo pranto os seus pecados. TCS 256 3 Início de uma nova vida -- Isto foi para ela o início de uma nova vida, vida de pureza e paz, devotada ao serviço de Deus. No reerguimento dessa alma caída, operou Jesus um milagre maior do que na cura da mais grave enfermidade física; curou a moléstia espiritual que traz a morte eterna. Essa arrependida mulher tornou-se um de Seus mais firmes seguidores. Com abnegado amor e devoção, retribuiu-Lhe a perdoadora misericórdia. TCS 257 1 Em Seu ato de perdoar a essa mulher e animá-la a viver vida melhor, resplandece na beleza da perfeita justiça o caráter de Jesus. Conquanto não use de paliativos com o pecado, nem diminua o sentimento da culpa, procura não condenar, mas salvar. O mundo não tinha senão desprezo e zombaria para essa transviada mulher; mas Jesus profere palavras de conforto e esperança. O Inocente Se compadece da fraqueza da pecadora, e estende-lhe a mão pronta a ajudar. Ao passo que os fariseus hipócritas denunciam, Jesus lhe recomenda: "Vai-te, e não peques mais." João 8:11. TCS 257 2 O amor cristão é brando em censurar -- Não é seguidor de Cristo aquele que, desviando os olhos, se afasta do transviado, deixando-o sem advertência prosseguir em sua degradante carreira. Os que são mais prontos a acusar a outros, e zelosos em os levar à justiça, são freqüentemente em sua própria vida mais culpados do que eles. Os homens aborrecem o pecador, ao passo que amam o pecado. Cristo aborrece o pecado, mas ama o pecador. Será esse o espírito de todos quantos O seguem. O amor cristão é tardio em censurar, pronto a perceber o arrependimento, pronto a perdoar, a animar, a pôr o transviado na vereda da santidade e a nela firmar-lhe os pés. -- O Desejado de Todas as Nações, 461, 462. TCS 257 3 Jesus, amigo dos pecadores -- Gostaria de chamar a atenção de vocês para as preciosas promessas da Palavra de Deus. Nem todos os filhos de Deus possuem a mesma capacidade, o mesmo temperamento, a mesma confiança e ousadia. Sinto-me contente, entretanto, de que nossos sentimentos não sejam evidência de que não somos filhos de Deus. O inimigo tentará você a pensar que praticou coisas que a separaram de Deus e de que Ele não mais a ama, mas nosso Senhor ainda nos ama, sim, e podemos ter certeza disso pelas palavras que Ele registrou exatamente para casos como o seu: "Se... alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo." 1 João 2:1. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." 1 João 1:9. TCS 258 1 Pois bem, minha querida irmã, tenho evidências de que Deus a ama; o precioso Salvador, que deu a vida por você, não a afugentará de Si porque você é tentada, e porque em sua fraqueza possa ter sido vencida. Ele ainda a ama. TCS 258 2 Pedro negou o seu Senhor na hora da provação, mas Jesus não abandonou Seu pobre discípulo. Embora Pedro odiasse a si mesmo, o Senhor o amava, e após a ressurreição chamou-o pelo nome e lhe enviou uma mensagem amorosa. Oh, quão bondoso, amável e compassivo Salvador o nosso! Ele nos ama mesmo que erremos. TCS 258 3 Doces promessas divinas -- Pois bem, não coloque a si mesma fora dos braços do amoroso Salvador, mas repouse confiantemente em fé. Ele a ama; cuida de você. Ele a está abençoando e lhe dará Sua paz e graça. Ele lhe diz: "Seus pecados estão perdoados." Mateus 9:2 (BLH). Poderá sentir-se deprimida em virtude de enfermidades físicas, mas isso não é evidência de que o Senhor não esteja diariamente atuando em seu favor. Ele lhe perdoará, e abundantemente. Reúna para a sua alma as doces promessas de Deus. Jesus é o seu constante e infalível Amigo, e deseja que você confie nEle. TCS 258 4 Deus está trabalhando, e Satanás também está. Este deseja desviar sua mente do poderoso Ajudador, e fixá-la na degradação de sua alma, fazendo-a sentir que todas as suas faculdades foram esbanjadas, e Deus desonrado. Desvie os olhos de si mesma e contemple a perfeição de Cristo. TCS 258 5 A justiça de Cristo por nós -- Não podemos produzir a justiça por nós mesmos. Cristo possui em Suas mãos as vestes puras da justiça, e as colocará sobre nós. Falar-nos-á doces palavras de perdão e promessa. Apresenta à nossa alma sedenta as fontes de águas vivas pelas quais poderemos ser refrigerados. Suplica que venhamos a Ele com todos os nossos fardos, nossas preocupações, e assegura-nos que encontraremos descanso. Portanto, se viermos a Ele, temos de crer que Ele nos fala de perdão, e necessitamos demonstrar fé ao repousarmos em Seu amor. O coração comove-se com tudo que é suave, puro e santo -- elevadas ambições, santas alegrias, motivos enobrecedores, cativantes simpatias e o auxílio necessário. TCS 259 1 Oferta de perdão gratuito -- Jesus vê as culpas do passado e fala de perdão; não devemos desonrá-Lo duvidando de Seu amor. Este sentimento de culpabilidade deve ser depositado junto à cruz do Calvário. O senso de pecaminosidade envenenou as fontes da vida e da verdadeira felicidade. Então Jesus diz: "Deposite tudo sobre Mim. Assumirei os seus pecados. Dar-lhe-ei paz. Não exclua por mais tempo o seu respeito próprio, pois eu a comprei ao preço de Meu próprio sangue. Você é Minha. Fortalecerei a sua vontade enfraquecida; removerei o seu remorso pelo pecado." TCS 259 2 Volva então o seu agradecido coração, tremente de incerteza, para Ele, e apegue-se à esperança colocada diante de você. Deus aceita seu coração quebrantado e contrito e lhe oferece gratuito perdão. Oferece-Se para adotá-la em Sua família, com Sua graça pronta a auxiliá-la em suas fraquezas. E o amorável Salvador a conduzirá passo a passo, ao você colocar sua mão na dEle, permitindo que Ele a conduza. TCS 259 3 Pesquise as preciosas promessas de Deus. Se Satanás lança ameaças à sua mente, fuja delas e apegue-se às promessas, permitindo que sua alma seja confortada pelo brilho das mesmas. A nuvem é por si mesma escura, mas quando preenchida com a luz, adquire o brilho do ouro, pois a glória de Deus sobre ela está. TCS 260 1 Possa o Senhor abençoá-la com estas poucas palavras que Ele me inspirou a escrever. -- Carta 99, 1896. TCS 260 2 Objetos do amorável interesse de Deus -- O Senhor Deus, por intermédio de Jesus Cristo, estende o dia todo a mão em um convite aos pecadores e caídos. A todos receberá. Dá as boas-vindas a todos. É Sua glória perdoar ao maior dos pecadores. Ele tomará a presa ao valente, libertará o cativo, tirará do fogo o tição. Baixará a áurea cadeia de Sua misericórdia às mais baixas profundezas da ruína humana, e erguerá a degradada alma contaminada pelo pecado. TCS 260 3 Toda criatura humana é objeto de amoroso interesse por parte dAquele que deu a vida a fim de reconduzir os homens a Deus. Almas culpadas e indefesas, sujeitas a ser destruídas pelos ardis e astúcias de Satanás, são cuidadas como a ovelha do rebanho o é pelo pastor. -- A Ciência do Bom Viver, 161, 162. ------------------------Capítulo 42 -- Compreendendo os outros TCS 260 4 Provações de alguém com remorso -- Quando uma pessoa em falta se torna consciente de seu erro, cuidem em não lhe destruir o respeito de si mesma. Não a desanimem pela indiferença ou a desconfiança. Não digam: "Antes de lhe dar minha confiança, quero esperar para ver se ela persevera." Freqüentemente essa mesma desconfiança faz com que o tentado tropece. TCS 260 5 Devemos esforçar-nos por compreender as fraquezas dos outros. Pouco sabemos nós das provas de coração daqueles que têm estado ligados em cadeias de trevas, a quem falta resolução e poder moral. Por demais lastimável é a condição daquele que sofre ao peso do remorso; é como uma pessoa aturdida, cambaleante, a afundar-se no pó. Não pode ver nada com clareza. A mente se acha obscurecida, não sabe que passo há de dar. Muita pobre alma é mal compreendida, mal apreciada, cheia de aflição e de angústia -- uma ovelha desgarrada, perdida. Não pode encontrar a Deus, e experimenta todavia intenso anseio de perdão e de paz. TCS 261 1 Influências poderosas para o mal -- Oh, não deixem escapar nenhuma palavra que vá causar dor mais profunda ainda! À alma cansada de uma vida de pecado, mas não sabendo onde encontrar alívio, apresentem o compassivo Salvador. Tomem-na pela mão, ergam-na, dirijam-lhe palavras de ânimo e esperança. Ajudem-na a segurar a mão do Salvador. ... Necessitamos colocar a nós mesmos no lugar dos tentados. Considerem o poder da hereditariedade, a influência das más companhias e do ambiente, a força dos maus hábitos. Podemos nós admirar-nos de que, sob tais influências, muitos se degradem? Podemos admirar que sejam tardios em corresponder aos nossos esforços pelo seu reerguimento? -- A Ciência do Bom Viver, 167, 168. TCS 261 2 Terna simpatia -- Maravilhoso amor, que Deus, o Deus infinito, tornou nosso o privilégio de nos aproximarmos dEle ao dirigir-nos a Ele pelo carinhoso nome de "Pai"! Nenhum pai terrestre poderia suplicar com mais insistência diante de seu filho errante, do que Aquele que nos fez, suplica diante do transgressor. Nenhum interesse humano jamais apresentou diante do impenitente tão ternos convites. TCS 261 3 É, pois, com essa terna simpatia que devemos agir em favor dos errantes e pecadores, que estão perecendo à nossa volta. Temos de trabalhar no espírito com que Cristo trabalhou, com a compassiva ternura por Ele manifestada. Quando nós, por viva fé, nos apegarmos às promessas de Deus, quando vivermos de acordo com cada palavra que procede da boca de Deus, colocar-nos-emos ao lado de Cristo, e teremos Seu Espírito e Sua graça a atuar com os nossos esforços, com o objetivo de trazer almas ao conhecimento da vontade divina. -- Manuscrito 35, 1886. TCS 261 4 Compaixão para com o culpado -- Quão pouco nos ligamos com Cristo em simpatia naquilo que devia ser o mais forte laço de união entre nós e Ele -- a compaixão para com os depravados, culpados, sofredores, mortos em ofensas e pecados! A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado. Muitos pensam que estão representando a justiça de Deus, ao passo que deixam inteiramente de Lhe representar a ternura e o grande amor. Muitas vezes aqueles a quem eles tratam com severidade e rispidez se acham sob o jugo da tentação. Satanás está lutando com essas pessoas, e palavras ásperas, destituídas de simpatia, desanimam-nas, fazendo-as cair presa do poder do tentador. TCS 262 1 Delicada coisa é o trato com a mente [dos seres humanos]. Unicamente Aquele que conhece o coração sabe a maneira de levar o homem ao arrependimento. Só a Sua sabedoria nos pode dar êxito em alcançar os perdidos. Vocês podem erguer-se inflexivelmente, pensando: "Sou mais santo do que tu" (Isaías 65:5), e não importa quão correto seja o seu raciocínio ou quão verdadeiras as suas palavras, elas jamais tocarão corações. O amor de Cristo, manifestado em palavras e atos, encontrará caminho à alma, quando a reiteração do preceito ou do argumento nada conseguiria. TCS 262 2 Necessitamos mais da simpatia natural de Cristo; não somente simpatia pelos que se nos apresentam irrepreensíveis, mas pelas pobres almas sofredoras, em luta, que são muitas vezes achadas em falta, pecando e se arrependendo, sendo tentadas e vencidas de desânimo. Devemos dirigir-nos a nossos semelhantes tocados -- como nosso misericordioso Sumo Sacerdote -- pelo sentimento de suas enfermidades. -- A Ciência do Bom Viver, 163, 164. TCS 262 3 Resultados da frieza e negligência -- Todavia, existe entre nós como povo uma falta de simpatia e amor, profundo e sincero, pelos que são tentados e erram. Muitos têm revelado aquela frieza glacial e negligência pecaminosa que Cristo representou pelo indivíduo que passa de largo, guardando a maior distância possível dos que mais necessitam de ajuda. A alma recém-convertida enfrenta muitas vezes lutas tremendas com hábitos arraigados ou tentações especiais e, se sucede ser vencida por uma paixão ou uma de suas inclinações mais fortes, incorre naturalmente na culpa de imprudência ou verdadeiro erro. Nessas circunstâncias é preciso que os irmãos desenvolvam energia, tato e sabedoria, a fim de ser-lhe restituída a saúde espiritual. É a esses casos que se aplica a admoestação divina: "Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado." Gálatas 6:1. "Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos." Romanos 15:1. TCS 263 1 Quão pouco, porém, os discípulos professos revelam desse amor compassivo de Cristo! Quando alguém comete uma falta, outros não raro tomam a liberdade de agravar tanto quanto possível o caso. Indivíduos que provavelmente cometem faltas da mesma gravidade, embora de natureza diversa, ousam tratar seu irmão com cruel severidade. Faltas que foram cometidas por ignorância, inadvertência ou fraqueza, são transformadas em pecados propositais e premeditados. E quando almas chegam a apostatar, há indivíduos que, cruzando os braços, solenemente declaram: "Não falei? Sabia perfeitamente que com essa gente não se podia contar." Desse modo adotam a atitude de Satanás, e em seu espírito rejubilam porque suas malignas suposições se provam certas. -- Testemunhos para a Igreja 5:604, 605. TCS 263 2 Amor pelos que erram -- Não somos todos formados de igual modo e muitos não têm sido educados corretamente. Sua educação tem sido deficiente. Alguns herdaram um temperamento irascível, e sua educação na infância não lhes ensinou o domínio próprio. A esse temperamento impetuoso, freqüentemente se unem a inveja e o ciúme. Outros são deficientes em outras coisas. Alguns são desonestos nos negócios, astuciosos no comércio. Outros são arbitrários na família, gostando de exercer domínio. Sua vida está longe de ser correta. Sua educação foi toda equivocada. Não foram instruídos sobre o pecado de submeter-se ao domínio desses maus traços de caráter; portanto, o pecado não lhes parece tão terrível. Outros, cuja educação não foi tão omissa, que tiveram melhor preparo, desenvolvem caráter muito menos objetável. A vida cristã de todos é muito afetada pela educação passada, para o bem ou para o mal. TCS 264 1 Jesus, nosso Advogado, está familiarizado com todas as circunstâncias que nos envolvem, e trata conosco de acordo com a luz que temos e as situações em que fomos colocados. Alguns possuem melhor constituição que outros. Enquanto uns estão continuamente atormentados, aflitos e em dificuldades por causa de seus desditosos traços de caráter, tendo de guerrear contra inimigos internos e a corrupção de sua natureza, outros não têm nem a metade dessa batalha. Passam quase incólumes pelas dificuldades que seus irmãos e irmãs que não foram tão favoravelmente constituídos enfrentam. -- Testemunhos para a Igreja 2:74. TCS 264 2 Boas-vindas ao arrependido -- "E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida." Judas 22. Aqueles que são sábios na sabedoria originada em Deus verão as almas necessitadas de auxílio, almas que foram vencidas, e que, embora sinceramente arrependidas, dificilmente ousariam, sem serem estimuladas, aventurar-se a ter esperança. O Senhor colocará no coração daqueles que são os mordomos de Sua graça, o dar as boas-vindas a estas almas trementes e arrependidas à comunhão amorável dos santos. Seus verdadeiros seguidores não tratarão os pecadores como se estes se houvessem colocado para além da oportunidade do perdão. Terão compaixão daqueles em relação aos quais as circunstâncias foram desfavoráveis, e que permitiram que Satanás os fizesse trilhar por caminhos proibidos. TCS 264 3 Estas pessoas pecaram contra Deus, mas se demonstrarem arrependimento e revelarem que o mesmo é genuíno, através de sinceros esforços para servir ao Senhor, quem ousará proibi-las? Encorajem-nas. Dêem-lhes a oportunidade de readquirir o que perderam. Orgulho, cobiça, sensualidade podem haver sido os pecados que as assediavam. Apontem seus erros, mas não de uma forma que as afaste de Cristo. Através de palavras de amável compaixão, aproximem-nas dEle. Não importa quão baixo tenham caído, não destruam a sua esperança de perdão. Trabalhem por elas, orem com elas, indiquem-lhes o Redentor. ... TCS 265 1 Não condenar os outros -- Através de sinceros esforços cristãos, os homens se convencerão e se converterão, e Deus lhes proferirá palavras de perdão. Que ninguém desvie uma alma que abandona o serviço de Satanás e busca o perdão de Jesus. "E compadecei-vos de alguns que estão na dúvida." Judas 22. Quando essas pessoas oferecem evidência de que o Espírito de Deus está trabalhando com elas, apresentem-lhes todo encorajamento possível para que entrem no serviço do Senhor. Não as desestimulem através da indiferença, ou por se afastarem delas com um ar de "sou mais santo do que tu". Isaías 65:5. TCS 265 2 Aqueles que procedem como os fariseus podem não ser culpados exatamente dos mesmos pecados que condenam nos outros, mas podem ser culpados de pecados ainda muito maiores à vista de Deus. Cada um será recompensado de acordo com as suas obras. Que aqueles que condenam a outros cuidem de si próprios, não venham eles a ser condenados diante de Deus por farisaísmo. -- Manuscrito 37, 1902. TCS 265 3 Pessoas amáveis, não como cascas ouriçadas de castanhas -- É natural encontrarmos, nos que são moços e inexperientes, grandes imperfeições que devemos estar dispostos a suportar. Cristo nos ordenou restaurar os que são espiritualmente fracos, e nos torna responsáveis se, por nossa conduta, forem levados ao desânimo, desespero e ruína. A menos que cultivemos diariamente a preciosa planta do amor, correremos o risco de tornar-nos egoístas, apáticos, pessimistas e críticos, tendo-nos na conta de justos, quando estamos longe de ser aceitos aos olhos de Deus. Alguns são indelicados, ríspidos e severos. São como as cascas ouriçadas das castanhas -- ferem ao mais leve toque -- e causam dano incalculável porque representam mal nosso amoroso Salvador. TCS 266 1 Temos de atingir um padrão mais elevado ou seremos indignos do nome de cristãos. Cumpre cultivarmos o espírito que Cristo manifestou em Seu esforço para salvar os que erram. Estes Lhe são tão caros como nós, e podem igualmente tornar-se troféus de Sua graça e herdeiros de Seu reino. Mas estão expostos às ciladas de um inimigo astuto, ao perigo e corrupção, e sem a graça salvadora de Cristo, caminham para a ruína certa. Pudéssemos ver isto em sua plena realidade, quanto nosso zelo seria estimulado e nossos esforços redobrados para atingir essas pessoas que estão necessitando de nosso auxílio, orações, simpatia e amor! -- Testemunhos para a Igreja 5:605, 606. TCS 266 2 Jesus, nosso exemplo -- Eram os rejeitados, os publicanos e pecadores, os desprezados pelos povos, que Cristo chamava, e por Sua amorável bondade os compelia a aproximar-se dEle. A classe que Ele nunca favorecia era a daqueles que ficavam à parte na própria estima, e menosprezavam os outros. ... TCS 266 3 Mesmo aqueles que haviam caído mais baixo, Ele tratava com respeito. Era para Cristo uma contínua dor o contato com a inimizade, a depravação e a impureza; nunca, porém, proferiu Ele uma expressão que mostrasse estarem as Suas sensibilidades chocadas ou ofendidos os Seus apurados gostos. Fossem quais fossem os maus hábitos, os fortes preconceitos ou as dominantes paixões das criaturas humanas, Ele as encarava a todas com piedosa ternura. Ao partilharmos de Seu Espírito, olharemos todos os homens como irmãos, com idênticas tentações e provas, caindo muitas vezes e lutando por se erguer novamente, combatendo contra o desânimo e as dificuldades, sedentos de simpatia e auxílio. Então nos aproximaremos deles de modo a não desanimá-los nem repeli-los, mas a despertar esperança em seu coração. -- A Ciência do Bom Viver, 164, 165. ------------------------Apêndice A -- Masturbação e insanidade TCS 268 1 Em seu estudo erudito, "Masturbatory Insanity: The History of an Idea" [Insanidade Masturbatória: A História de uma Idéia] (Journal of Mental Science 108:1, Janeiro de 1962), E. H. Hare faz referência a um estudo de 500 pacientes admitidos consecutivamente no Iowa State Psychopathic Hospital. Ele declara que os autores do estudo (Malamud, W., e Palmer, G., "The Role Played by Masturbation in the Causation of Mental Disorders" [Papel da Masturbação na Causa de Distúrbios Mentais], Journal of Nervous and Mental Disorders, 76:220, 1932) constataram que em vinte e dois casos, a masturbação era "evidentemente a mais importante causa do distúrbio". TCS 268 2 Ele prossegue: TCS 268 3 "Os autores concluíram que era o conflito mental gerado pela masturbação, e não o hábito em si, que levava à doença, e eles acreditavam que esta conclusão encontrava apoio na eficácia da psicoterapia direcionada para reorientar as idéias dos pacientes acerca da masturbação. Mas o fato de que quinze dos vinte e dois pacientes sofriam de depressão, deve levantar dúvidas acerca da validade desta conclusão moderada, pois o paciente deprimido não apenas está pronto a culpar a si mesmo pela negligência daquilo que acredita serem as regras da saúde, como também tende a recuperar-se de sua enfermidade, quer seja tratado por psicoterapia, quer não." -- P. 22. TCS 269 1 Assim Hare questiona as conclusões de Malamud e Palmer, mas diz, significativamente, que o estudo deles é "uma das pouquíssimas tentativas (de fato, tanto quanto eu tenha conseguido ler, a única real tentativa) de se empreender um estudo científico da hipótese masturbatória [a hipótese de que a masturbação pode causar insanidade]". TCS 269 2 Depois de reconhecer que "não existe forma de descartar a hipótese masturbatória", Hare oferece sua conclusão final: "Tudo que podemos dizer, a partir das evidências, é que a associação entre masturbação e distúrbio mental é fraca e inconstante, e que, portanto, se a masturbação é um fator causal, provavelmente não é dos mais importantes." -- Ibidem, p. 19. TCS 269 3 Assim, embora essa autoridade minimize a possibilidade de que a masturbação e a insanidade possam estar associadas, ele não a descarta completamente. Mais significativo é que ele descobriu ter existido apenas uma tentativa real para testar cientificamente a hipótese. TCS 269 4 Escrevendo sobre masturbação em seu Adolescent Development and Adjustment [Desenvolvimento e Ajuste do Adolescente] (McGraw-Hill Book Company, 1965), Lester C. e Alice Crow concluem: "Os efeitos desta forma de perversão sexual ainda não são plenamente conhecidos." TCS 269 5 O Dr. David Horrobin, médico e doutor em filosofia pela Universidade de Oxford, declara: TCS 269 6 "A quantidade de zinco no sêmen é de tal ordem, que uma ejaculação pode eliminar todo o zinco que pode ser absorvido dos intestinos ao longo de um dia. Isso apresenta inúmeras conseqüências. A menos que o montante perdido seja reposto por ingestão dietética aumentada, repetidas ejaculações podem levar a uma verdadeira deficiência de zinco, desenvolvendo-se daí vários problemas, inclusive impotência. TCS 269 7 "É até mesmo possível, dada a importância do zinco para o cérebro, que os moralistas do século 19 estivessem corretos quando diziam que as repetidas masturbações poderiam conduzir à insanidade!" -- Zinc (Vitabooks: St. Albans, Vermont, 1981), p. 8. TCS 270 1 Essa declaração é similar àquela feita por Carl C. Pfeiffer, médico e doutor em filosofia, em seu livro sobre zinco. Ele declara: "Odiamos dizê-lo, mas num adolescente deficiente em zinco, a excitação sexual e a excessiva masturbação podem precipitar a insanidade." -- Zinc and Other Micro-Nutrients (Keats: New Canaan, Conn., 1978), p. 45. TCS 270 2 Nem todas as autoridades médicas concordariam com estas conclusões, mas é significativo que existem algumas cujos estudos e pesquisas chegaram a opiniões compatíveis com os ensinamentos de Ellen White. TCS 270 3 Veja Orientação da Criança, 439-456 para maiores informações sobre o assunto. ------------------------Apêndice B -- Um problema precoce na igreja TCS 270 4 A primeira assembléia estadual dos Adventistas do Sétimo Dia, com a presença de delegados, realizada na cidade de Monterey, Michigan, em 4-6 de Outubro de 1862, teve diante de si quatro questões, a primeira das quais era: "De que modo devemos lidar com os casamentos de divorciados?" TCS 270 5 O termo "casamentos de divorciados" foi definido como o casamento de cônjuges "que se haviam divorciado de seus anteriores esposos ou esposas, por causas diferentes das mencionadas em Mateus 19, e que nessa situação haviam casado novamente. Devem tais pessoas subseqüentemente abraçando a verdade presente ser recebidas em nosso meio?" -- The Review and Herald, 14 de Outubro de 1862. TCS 270 6 O assunto foi encaminhado à Comissão da Associação. Não foram encontrados registros de qualquer subseqüente recomendação ou voto. ------------------------Temperança Te 5 1 Prefácio Te 11 1 Capítulo 1 -- A perfeição original do homem Te 12 3 Capítulo 2 -- O início da intemperança Te 15 1 Capítulo 3 -- Enfraquecimento mediante condescendência com o apetite Te 19 6 Capítulo 4 -- A importância da vitória de Cristo sobre o apetite Te 23 1 Capítulo 5 -- Incentivo ao crime Te 27 3 Capítulo 6 -- Problema econômico Te 30 4 Capítulo 7 -- O álcool e o lar Te 34 1 Capítulo 8 -- Uma causa de acidentes Te 36 2 Capítulo 9 -- Um problema de saúde pública Te 43 2 Capítulo 10 -- O álcool e os homens em posições de responsabilidade Te 55 1 Capítulo 11 -- Efeitos do uso do fumo Te 58 2 Capítulo 12 -- A poluidora e desmoralizante influência do fumo Te 62 2 Capítulo 13 -- Contaminar o templo de Deus Te 66 1 Capítulo 14 -- Desperdício econômico Te 68 1 Capítulo 15 -- O poder do exemplo Te 73 1 Capítulo 16 -- Abster-se das concupiscências carnais Te 75 2 Capítulo 17 -- Chá e café Te 82 4 Capítulo 18 -- Drogas Te 90 1 Capítulo 19 -- Importância de estritos hábitos de temperança Te 92 3 Capítulo 20 -- Efeitos psicológicos dos intoxicantes brandos Te 94 5 Capítulo 21 -- Efeitos intoxicantes do vinho e da sidra Te 97 1 Capítulo 22 -- Vinho na Bíblia Te 98 1 Capítulo 23 -- Os cristãos e a produção de artigos para a manufatura de bebidas espirituosas Te 101 1 Capítulo 24 -- Temperança e abstinência total Te 102 1 Capítulo 25 -- Unicamente quando a vida é transformada Te 104 3 Capítulo 26 -- O segredo da vitória -- conversão Te 110 4 Capítulo 27 -- A vontade, chave para o êxito Te 115 1 Capítulo 28 -- Vitória perdurável Te 120 1 Capítulo 29 -- Auxílio para o tentado Te 126 1 Capítulo 30 -- Conselhos quanto à maneira de trabalhar Te 130 3 Capítulo 31 -- O obreiro da temperança Te 137 1 Capítulo 32 -- O que envolve a verdadeira temperança Te 142 1 Capítulo 33 -- O corpo, um templo Te 146 1 Capítulo 34 -- Temperança e espiritualidade Te 151 1 Capítulo 35 -- O exemplo de Daniel Te 156 3 Capítulo 36 -- O alimento em nossa mesa Te 163 3 Capítulo 37 -- Total abstinência, eis nossa atitude Te 165 3 Capítulo 38 -- Relação para com os membros da igreja Te 166 2 Capítulo 39 -- Os Adventistas do Sétimo Dia, líderes espirituais Te 170 1 Capítulo 40 -- Influência pré-natal Te 173 4 Capítulo 41 -- O poder das tendências hereditárias Te 175 3 Capítulo 42 -- Formação de padrões de conduta Te 180 1 Capítulo 43 -- Exemplo e guia paternos Te 181 1 Capítulo 44 -- Ensinar abnegação e domínio próprio Te 186 1 Capítulo 45 -- A juventude e o futuro Te 194 1 Capítulo 46 -- Educação na temperança Te 197 4 Capítulo 47 -- Assinar o compromisso Te 203 5 Capítulo 48 -- Afastar a tentação Te 209 2 Capítulo 49 -- Diversão e substitutos inocentes Te 213 1 Capítulo 50 -- O senso das obrigações morais Te 217 1 Capítulo 51 -- Trabalhar juntos Te 222 3 Capítulo 52 -- Cooperar com a U.T.M.C Te 227 1 Capítulo 53 -- A situação atual Te 233 2 Capítulo 54 -- Convocado à batalha Te 237 2 Capítulo 55 -- Pela voz -- parte de nossa mensagem evangelística Te 245 2 Capítulo 56 -- Educação na temperança, objetivo de nossa obra médica Te 248 4 Capítulo 57 -- A influência da pena Te 253 1 Capítulo 58 -- O poder do voto Te 256 3 Capítulo 59 -- O chamado à ceifa Te 259 1 Apêndice A -- Ellen G. White, obreira pró-temperança Te 267 1 Apêndice B -- Típicas palestras sobre temperança por Ellen G. White ------------------------Prefácio Te 5 1 A temperança era um dos temas favoritos da Sra. Ellen G. White, tanto nos escritos como ao falar em público. Em muitos de seus artigos que apareceram em revistas denominacionais através dos anos, e em manuscritos e cartas de conselhos dirigidas tanto a obreiros como a leigos, ela insistia com os adventistas do sétimo dia para que observassem a temperança e promovessem zelosamemte a causa da mesma. Em resposta a sinceros pedidos de que essa riqueza de matéria e instruções fosse tornada disponível em um só volume, este compêndio foi preparado por autorização das Publicações de Ellen G. White, às quais a Sra. White confiou a custódia de seus livros e manuscritos. Te 5 2 Estas seleções foram tiradas de toda série dos escritos da Sra. White acerca do assunto, inclusive alguns atualmente esgotados, como sejam: Health, ou How to Live (1865); Christian Temperance and Bible Hygiene (1890); Special Testimonies (1892-1912); e Drunkenness and Crime (1907). Te 5 3 Tanto no esboço como no conteúdo da matéria do assunto, os compiladores procuraram diligentemente refletir a ênfase dada pela autora aos vários aspectos da temperança. Te 5 4 O esforço de reunir as seleções que salientassem a contribuição dela sobre esse assunto, e o desejo de tornar bem completas as várias seções acerca dos diferentes aspectos da questão da temperança ocasionaram naturalmente algumas repetições de pensamento. No esforço de apresentar a matéria do assunto ordenadamente de modo a ser da maior utilidade ao leitor, evitando ao mesmo tempo indevida repetição, as seleções breves tiveram por vezes a preferência. Entretanto, omitindo o contexto, foi exercido grande cuidado para não alterar de maneira alguma o pensamento ou a ênfase da autora. Em cada caso é feito o devido reconhecimento do livro, revista, folheto ou manuscrito de onde foi colhido o trecho. Te 6 1 Os leitores reconhecerão que, havendo Ellen G. White morrido em 1915, escreveu em um período em que certa terminologia era inteiramente diversa da que é comumente empregada hoje em dia, e em que as descrições detalhadas de situações se diferenciariam daquelas com que estamos agora familiarizados. Por exemplo, é feita referência ao salão. Se bem que o dispensário de bebidas [bar] de hoje seja diverso do de cinqüenta anos atrás, todos sabem que os mesmos tipos de bebidas ali vendidas eram usadas ao tempo em que a Sra. White escreveu, e que seus efeitos sobre o organismo, a mente e a alma, são os mesmos. A relação entre o uso do álcool e os acidentes automobilísticos não foram acentuados como deviam ser em nossos dias, pela simples razão de que os automóveis não eram então de uso comum. Entretanto, o leitor encontrará em declarações a respeito do uso do álcool e acidentes uma descrição de causas e efeitos, as quais são perfeitamente aplicáveis às condições atuais. A força do álcool para solapar o lar, arruinar a saúde, a moral, e destruir a alma é tão poderosa atualmente, como era meio século atrás. Te 6 2 O leitor discernirá prontamente a significação da temperança tal como era apresentada pela Sra. White no decorrer dos longos anos de seu ministério fecundo. A esse respeito faz o presente volume inapreciável contribuição aos escritos quanto à temperança. Os sermões a esse respeito que encontramos no Apêndice, tipificam a intensa preocupação da Sra. White por salvar a humanidade da maldição da intemperança destruidora da alma. Te 6 3 Que este volume, com as bênçãos de Deus, opere sua obra de revitalização nos interesses dos adventistas do sétimo dia na temperança e na obra de temperança e nos leve à posição que nos é designada pelo Céu na dianteira das forças da temperança, eis o sincero desejo dos editores. Os Depositários das Publicações de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- A perfeição original do homem Te 11 1 Criado em perfeição e beleza -- O homem saiu da mão de seu Criador perfeito em organização e beleza de forma. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 7. Te 11 2 O homem foi a obra que coroou a criação de Deus, feito à Sua imagem, e destinado a ser Sua semelhança. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1895. Te 11 3 Adão era um ser nobre, de mente poderosa, vontade em harmonia com a vontade de Deus, as afeições centralizadas no Céu. Possuía um corpo livre de herança de doenças, alma portadora do cunho da Divindade. -- The Youth's Instructor, 5 de Março de 1903. Te 11 4 Achava-se diante de Deus na força da perfeita varonilidade. Todos os órgãos e faculdades de seu ser achavam-se igualmente desenvolvidos, harmoniosamente equilibrados. -- Redemption; or the Temptation of Christ in The Wilderness, 30. Te 11 5 O compromisso de Deus de manter a sã atividade do corpo -- O Criador do homem organizou a maquinaria viva de nosso corpo. Cada função é maravilhosa e sabiamente arranjada. E Deus Se comprometeu a manter esta maquinaria humana em saudável ação desde que o instrumento humano obedeça a Suas leis e coopere com Ele. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 17. Te 12 1 Responsabilidade de atender às leis da natureza -- Uma vida saudável requer desenvolvimento, e este requer cuidadosa atenção para com as leis da Natureza, para que os órgãos do corpo sejam conservados sãos, desembaraçados em suas funções. -- Manuscrito 47, 1896. Te 12 2 Deus proveu as inclinações e os apetites -- Nossas inclinações e apetites naturais... foram divinamente providos, e ao serem dados aos homens, eram puros e santos. Era desígnio de Deus que a razão governasse os apetites, e que eles servissem a nossa felicidade. E quando eles são regulados e controlados por uma razão santificada, são santidade ao Senhor. -- Manuscrito 47, 1896. ------------------------Capítulo 2 -- O início da intemperança Te 12 3 Satanás reuniu os anjos caídos a fim de inventar algum meio de fazer o máximo de mal possível à família humana. Foi apresentada proposta sobre proposta, até que finalmente Satanás mesmo imaginou um plano. Ele tomaria o fruto da vide, também o trigo e outras coisas dadas por Deus como alimento, e convertê-los-ia em venenos que arruinariam as faculdades físicas, mentais e morais do homem, dominariam de tal maneira os sentidos, que Satanás teria sobre eles inteiro controle. Sob a influência da bebida alcoólica, os homens seriam levados a praticar todas as espécies de crimes. Mediante o apetite pervertido, o mundo seria corrompido. Levando os homens a tomarem álcool, Satanás os faria descer cada vez mais baixo. Te 12 4 Satanás foi bem-sucedido em desviar de Deus o mundo. As bênçãos providas por Ele em Seu amor e misericórdia, Satanás transformou em maldição mortal. Encheu o homem do forte desejo de tomar bebida alcoólica e de fumar. Este apetite, não fundamentado na própria natureza, tem destruído milhões. -- The Review and Herald, 16 de Abril de 1901. Te 12 5 O segredo da estratégia do inimigo -- Intemperança de qualquer espécie embota os órgãos perceptivos, enfraquecendo tanto as energias cerebrais, que as coisas eternas não são apreciadas, mas consideradas como comuns. As mais elevadas faculdades da mente, destinadas a elevados desígnios, são postas em servidão às paixões inferiores. Se nossos hábitos físicos não são corretos, nossas faculdades mentais e morais não podem ser fortes; pois existe grande afinidade entre o físico e o moral. -- Testimonies for the Church 3:50, 51. Te 13 1 Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo, são o único meio pelo qual o Céu pode comunicar-se com os homens e afetar-lhes a vida no recôndito. Qualquer coisa que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades mentais. -- Testimonies for the Church 2:347. Te 13 2 Satanás está constantemente alerta, para submeter a raça humana inteiramente ao seu controle. Seu mais forte poder sobre o homem exerce-se através do apetite, e este procura ele estimular de todos os modos possíveis. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 150. Te 13 3 O ardil de Satanás para arruinar o plano de salvação -- Satanás estivera em guerra com o governo de Deus, desde que começara a rebelar-se. Seu êxito em tentar Adão e Eva no Éden, e introduzir o pecado no mundo tornara ousado esse arquiinimigo; e ele se jactanciara orgulhosamente aos anjos celestes de que, quando Cristo aparecesse, tomando a natureza humana, seria mais fraco do que ele, e que ele havia de vencê-Lo por seu poder. Te 13 4 Exultou de que Adão e Eva no Paraíso não lhe houvessem podido resistir às insinuações quando apelara para seu apetite. Os habitantes do mundo antigo, ele vencera da mesma maneira, pela condescendência com o concupiscente apetite e as paixões corruptas. Mediante a satisfação do apetite, derrotara ele os israelitas. Te 13 5 Gabava-se de que o próprio Filho de Deus, que estivera com Moisés e Josué, não fora capaz de resistir-lhe ao poder, e levar Seu povo escolhido à Canaã; pois quase todos quantos deixaram o Egito morreram no deserto; também, que ele havia tentado o manso homem, Moisés, para tomar para si mesmo a glória a que Deus tinha direito. Davi e Salomão, especialmente favorecidos por Deus, mediante a condescendência com o apetite e a paixão, ele induzira a incorrer no desagrado de Deus. E gabava-se de que poderia ainda ser bem-sucedido em impedir-Lhe o desígnio de salvar o homem por meio de Jesus Cristo. -- Redemption; or the Temptation of Christ in The Wilderness, 32. Te 14 1 Sua mais eficaz tentação em nossos dias -- Satanás vem ter com o homem da mesma maneira por que veio a Cristo, com suas irresistíveis tentações para condescender com o apetite. Ele conhece bem sua força para vencer o homem nesse ponto. Venceu Adão e Eva no Éden pelo apetite, e eles perderam sua bendita morada. Que acumulada miséria e crime encheram o mundo em conseqüência da queda de Adão! Cidades inteiras têm desaparecido da face da Terra em virtude dos crimes aviltantes e da revoltante iniqüidade que as tornaram uma nódoa no Universo. A condescendência com o apetite foi o fundamento de todos os seus pecados. Te 14 2 Por meio do apetite Satanás dominou a mente e o ser. Milhares de pessoas que poderiam haver vivido, passaram prematuramente à sepultura, física, mental e moralmente fracos. Possuíam boas faculdades, mas sacrificaram tudo ao apetite, o que os levou a soltar as rédeas da concupiscência. -- Testimonies for the Church 3:561, 562. Te 14 3 Satanás triunfa em sua obra destrutiva -- Satanás exulta ao ver a família humana mergulhando mais e mais profundamente no sofrimento e na miséria. Ele sabe que as pessoas que têm hábitos errôneos e corpo doente, não podem servir a Deus tão resoluta, perseverante e puramente como se fossem sãos. Um corpo doente afeta o cérebro. Com a mente servimos ao Senhor. A cabeça é a capital do corpo. ... Satanás triunfa na obra danosa que faz mediante o levar a família humana a condescender com hábitos que os destroem, e uns aos outros; pois por esse meio está ele roubando a Deus o serviço que Lhe é devido. -- Spiritual Gifts 4:146. ------------------------Capítulo 3 -- Enfraquecimento mediante condescendência com o apetite Te 15 1 O alimento que ingerimos e a vida que vivemos -- A condescendência com o apetite é a maior causa de debilidade física e mental, e jaz na base do enfraquecimento que se patenteia por toda parte. -- Testimonies for the Church 3:487. Te 15 2 Nossa saúde física é mantida pelo que comemos; se nosso apetite não está sob o controle de uma mente santificada, se não somos temperantes em tudo que comemos e bebemos, não estaremos num estado saudável físico e mental para estudar a Palavra com o propósito de aprender o que diz a Escritura: "Que farei para herdar a vida eterna?" Qualquer hábito não saudável produzirá no organismo uma condição não saudável, e a maquinaria viva, delicada, do estômago, será prejudicada, e não estará em condições de fazer o seu trabalho devidamente. O regime tem muito que ver com a disposição de entrar em tentação e cometer pecado. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 52. Te 15 3 Adão e Eva falharam nesse ponto -- Em virtude da tentação de condescender com o apetite, Adão e Eva, no princípio, caíram de seu elevado, santo e feliz estado. E é por meio da mesma tentação que a raça se tem enfraquecido. Tem permitido que o apetite e a paixão tomem o trono, e ponham em sujeição a razão e o intelecto. -- Testimonies for the Church 3:139. Te 15 4 Seus filhos seguiram avante -- Eva foi intemperante em seus desejos quando estendeu a mão para apanhar o fruto da árvore proibida. A satisfação própria tem reinado quase suprema no coração de homens e mulheres desde a queda. Especialmente o apetite tem sido tratado com condescendência, e eles têm sido por ele regidos em lugar da razão. Por amor de satisfazer o paladar, Eva transgrediu o mandamento de Deus. Ele lhe dera tudo quanto suas necessidades requeriam, todavia ela não estava satisfeita. Te 15 5 Sempre desde então, seus filhos e filhas caídos têm seguido os desejos de seus olhos, e de seu paladar. Como Eva, têm desconsiderado as proibições de Deus, e seguido uma orientação de desobediência, e, como Eva, se têm lisonjeado de que as conseqüências não seriam tão terríveis como haviam receado. -- How to Live, 51. Te 16 1 O pecado tornado atrativo -- O pecado é tornado atrativo pela roupagem de luz de que Satanás o envolve, e ele se agrada quando pode segurar o mundo cristão em seus hábitos diários sob a tirania do costume, como os pagãos, permitindo que o apetite os governe. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1874. Te 16 2 Satanás obtém o controle da vontade -- Satanás sabe que não pode vencer o homem a menos que lhe controle a vontade. Isto pode ele fazer iludindo-o de maneira que este coopere com ele, transgredindo as leis da Natureza no comer e no beber, o que é violação da lei de Deus. -- Manuscrito 3, 1897. Te 16 3 Toda função enfraquecida -- Muitos gemem sob um fardo de enfermidades devido a hábitos errôneos em comer e beber, os quais violentam as leis da vida e da saúde. Estão enfraquecendo seus órgãos digestivos pela condescendência com apetite pervertido. Maravilhoso é o poder da constituição humana para resistir aos abusos contra ela; a persistência nos hábitos errados, em excessiva comida e bebida, porém, enfraquecerá toda função do organismo. Satisfazendo o apetite pervertido e a paixão, mesmo cristãos professos estragam a natureza em sua obra, e diminuem a capacidade física, mental e moral. -- Santificação, 20. Te 16 4 Fracasso no aperfeiçoamento do caráter -- A capacidade de controle do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares, quando, houvessem eles vencido nesse ponto, possuiriam força moral para obter vitória sobre toda tentação de Satanás. Os escravos do apetite, porém, fracassarão no aperfeiçoamento do caráter cristão. A contínua transgressão do homem no decorrer de seis mil anos tem trazido doenças, dor e morte como colheita. -- The Health Reformer, Agosto de 1875. Te 16 5 A morte de preferência à reforma -- Muitos são tão entregues à intemperança que não mudarão sua atitude de condescendência com a gulodice por nenhuma consideração. Sacrificariam mais depressa a saúde, e morreriam prematuramente, do que restringiriam seu apetite intemperante. -- Spiritual Gifts 4:130. Te 17 1 Vicioso círculo de degradação -- A baixa estima que os homens votam a seu corpo, o pouco que o desejam conservar puro e santo, fazem-nos tanto mais negligentes na satisfação do apetite pervertido. -- Manuscrito 150, 1898. Te 17 2 O mundo levado em cativeiro -- Satanás está levando o mundo em cativeiro mediante o uso das bebidas alcoólicas e do fumo, café e chá preto. A mente dada por Deus, que deve ser conservada clara, é pervertida pelo uso de narcóticos. O cérebro não mais é capaz de discernir corretamente. O inimigo tem o controle. O homem vendeu sua razão por aquilo que o enlouquece. Não tem senso algum do que é direito. -- Evangelismo, 529. Te 17 3 Os resultados da violação da lei natural -- Muitos se maravilham de que a raça humana tenha degenerado tanto física, mental e moralmente. Não compreendem que é a violação das leis de Deus e a transgressão das leis referentes à saúde, que têm produzido essa triste degenerescência. A transgressão dos mandamentos de Deus tem feito com que se afaste a Mão que faz prosperar. Te 17 4 A intemperança no comer e no beber, e a satisfação das paixões inferiores, têm embotado as finas sensibilidades. ... Te 17 5 Os que se permitem tornar-se escravos de glutonaria no apetite, vão muitas vezes mais longe, e rebaixam-se pela satisfação de paixões corruptas, as quais foram excitadas pela intemperança no comer e no beber. Dão rédeas soltas a suas paixões aviltantes, e sofrem grandemente a saúde e o intelecto. As faculdades de raciocínio são, em grande medida, destruídas pelos maus hábitos. -- Spiritual Gifts 4:124, 131. Te 17 6 Ninguém que professa piedade considere com indiferença a saúde do corpo, e se lisonjeie de que a intemperança não seja pecado, e não lhe afete a espiritualidade. Existe íntima correspondência entre a natureza física e a moral. A norma da virtude é elevada ou degradada pelos hábitos físicos. ... Todo hábito que não promove função saudável no organismo humano degrada as faculdades mais elevadas e nobres. Os hábitos errôneos no comer e beber levam a erros em pensar e agir. A condescendência com o apetite fortalece as propensões animais, dando-lhes a ascendência sobre as faculdades mentais e espirituais. -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. Te 18 1 O registro da vida encerrado em dissipação -- Muitos encerram suas últimas, preciosas horas do tempo da graça em cenas de jovialidade, festas e diversões em que não têm entrada os pensamentos sérios, onde o espírito de Jesus não seria bem-vindo! Estão passando suas preciosas últimas horas enquanto têm a mente obscurecida pelo fumo e as bebidas alcoólicas. Não são poucos os que passam diretamente das cavernas da ignomínia para o sono da morte; terminam o registro de sua vida entre as associações da dissipação e do vício. Que despertar será o deles na ressurreição dos injustos! Te 18 2 Os olhos do Senhor se acham abertos a toda cena de divertimento aviltante e profana dissipação. As palavras e atos dos amantes de prazer passam diretamente desses salões de vício para os livros do registro final. De que vale essa espécie de vida para o mundo, a não ser como uma luz de advertência para aqueles que são avisados para não viverem como esses homens, e morrerem como morrem os néscios! -- The Signs of the Times, 6 de Janeiro de 1876. Te 18 3 O cristão rege seu apetite -- Nenhum cristão ingere comida ou bebida que lhe embote os sentidos, ou que atue de tal maneira sobre o sistema nervoso que o faça degradar-se, ou o inabilite para a utilidade. O templo de Deus não deve absolutamente ser contaminado. As faculdades da mente e do corpo devem ser conservadas em saúde, de modo a serem empregadas para glória de Deus. -- Manuscrito 126, 1903. Te 19 1 Com incessante vigilância -- Os apetites naturais do homem foram pervertidos mediante a condescendência. Devido a profana satisfação, eles se tornaram "concupiscências carnais que combatem contra a alma". A menos que o cristão vigie em oração, dá rédea solta aos hábitos que deve vencer. A não ser que ele sinta a necessidade de contínua guarda, incessante vigilância, suas inclinações abusadas e mal dirigidas, serão o meio para sua apostasia de Deus. -- Manuscrito 47, 1896. Te 19 2 O apetite satisfeito, inimigo da perfeição cristã -- É impossível aos que condescendem com o apetite atingirem à perfeição cristã. -- Testimonies for the Church 2:400. Te 19 3 O Espírito de Deus não pode vir em nosso auxílio, e ajudar-nos no aperfeiçoamento do caráter cristão, enquanto estivermos condescendendo com nossos apetites com prejuízo da saúde, e enquanto o orgulho da vida tiver domínio. -- The Health Reformer, Setembro de 1871. Te 19 4 Verdadeira santificação -- Ela [a santificação], não é meramente uma teoria, uma emoção, ou uma forma de palavras, mas um princípio vivo, ativo, penetrando na vida diária. Ela requer que nossos hábitos de comer, beber e vestir sejam de molde a assegurar a conservação da saúde física, mental e moral, para que apresentemos ao Senhor nosso corpo -- não uma oferta corrompida por hábitos errôneos, mas -- "um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". -- The Review and Herald, 25 de Janeiro de 1881. Te 19 5 Apto para a imortalidade -- Se o homem alimentar de boa vontade a luz que Deus, em misericórdia, lhe dá acerca da reforma pró-saúde, pode ser santificado mediante a verdade e tornado apto para a imortalidade. Se, porém, ele menosprezar essa luz e viver em violação da lei natural, terá de pagar a pena. -- Testimonies for the Church 3:162. ------------------------Capítulo 4 -- A importância da vitória de Cristo sobre o apetite Te 19 6 A primeira vitória de Cristo -- Cristo sabia que, para levar avante com êxito o plano da salvação, precisava começar a obra da redenção do homem justamente onde começara a ruína. Adão caiu no ponto do apetite. -- The Health Reformer, Agosto de 1875. Te 20 1 Sua primeira prova foi no mesmo ponto em que Adão falhara. Fora mediante a tentação dirigida ao apetite que Satanás vencera grande parte da raça humana, e seu êxito o fizera julgar que o domínio deste caído planeta estava em suas mãos. Em Cristo, porém, achou alguém capaz de resistir-lhe, e deixou o campo de batalha como inimigo vencido. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 16. Te 20 2 Causa de sua angústia -- Muitos que professam piedade não procuram investigar a razão do longo período de jejum e sofrimento de Cristo no deserto. Sua angústia não foi tanto por causa do tormento da fome quanto de Sua consciência do terrível resultado da condescendência com o apetite e a paixão na raça humana. Sabia que o apetite seria o ídolo do homem, e o levaria a esquecer a Deus, e se atravessaria diretamente no caminho de sua salvação. -- Redemption; or the Temptation of Christ, 50. Te 20 3 Vitória em benefício da raça -- Satanás foi derrotado em seu objetivo de vencer a Cristo no ponto do apetite. E no deserto Cristo obteve uma vitória em benefício da raça no tocante a isso, tornando ao homem possível em todo o tempo por vir, vencer em Seu nome a força do apetite em seu próprio benefício. -- Idem, 46. Te 20 4 Nós, também, podemos vencer -- E nossa única esperança de reaver o Éden está no firme domínio próprio. Se o poder da condescendência com o apetite era tão forte sobre os homens que, para lhe quebrar as garras, o divino Filho de Deus, em favor do homem, teve de suportar um jejum de quase seis semanas, que tarefa se apresenta ao cristão! Entretanto, por grande que seja a luta, ele pode vencer. Pelo auxílio daquele poder divino, que resistiu às mais ferozes tentações que Satanás podia inventar, ele, também, pode ter inteiro êxito em sua guerra contra o mal, e poderá no final ter na fronte a coroa do vencedor, no reino de Deus. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 167. Te 21 1 Vitória mediante obediência e esforço contínuo -- Os que vencem como Cristo venceu, necessitam guardar-se continuamente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões precisam ser restringidos e postos sob o domínio de uma consciência esclarecida, de modo que o intelecto seja preservado, claras as faculdades perceptivas e os manejos de Satanás e seus ardis não sejam interpretados como providências de Deus. Muitos desejam a final recompensa e vitória que são dadas aos vencedores, mas não estão dispostos a sofrer labuta, privação e renúncia do próprio eu, como fez seu Redentor. É somente mediante obediência e esforço contínuo que venceremos como Cristo venceu. Te 21 2 O poder dominador do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares, quando caso houvessem vencido nesse ponto, haveriam tido força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás. Os escravos do apetite, porém, falharão no aperfeiçoar o caráter cristão. A contínua transgressão do homem por seis mil anos tem trazido doenças, dores e morte como colheita. E à medida que nos aproximamos do fim do tempo, a tentação de Satanás para condescender com o apetite será mais poderosa e mais difícil de vencer. -- Testimonies for the Church 3:491, 492. Te 21 3 Reclamar o poder vencedor de Cristo -- Cristo recebeu poder de Seu Pai para dar ao homem Sua graça e resistência divinas -- tornando-lhe possível vencer mediante Seu nome. Há poucos seguidores de Cristo, apenas, que preferem empenhar-se com Ele na obra de resistir às tentações de Satanás como Ele resistiu, e vencerem. ... Te 21 4 Todos se acham pessoalmente expostos às tentações que Cristo venceu, mas é-lhes proporcionada força no todo-poderoso nome do grande Vencedor. E todos precisam vencer por si mesmos, individualmente. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1874. Te 22 1 Que faremos? -- Não nos achegaremos ao Senhor para que Ele nos possa salvar de toda intemperança no comer e beber, de toda paixão profana, concupiscente, toda impiedade? Não nos humilharemos perante Deus, afastando de nós tudo quanto corrompe a carne e o espírito, para que, em Seu temor, aperfeiçoemos a santidade do caráter? -- Testimonies for the Church 7:258. ------------------------Capítulo 5 -- Incentivo ao crime Te 23 1 O crime está na terra -- Nestes dias em que o vício e o crime de toda espécie aumentam rapidamente, há a tendência de familiarizar-nos de tal maneira com as condições existentes que percamos de vista sua causa e significação. Usa-se em nossos dias mais bebidas intoxicantes do que nunca anteriormente. Nos horríveis detalhes de revoltante embriaguez e do crime terrível, os jornais não dão senão apenas relato parcial da história da ilegalidade resultante. A violência está na Terra. -- Drunkenness and Crime, 3. Te 23 2 O testemunho do judiciário -- A relação do crime para com a intemperança é bem compreendida por homens que têm de lidar com os que transgridem as leis da Terra. Nas palavras de um juiz de Filadélfia: "Podemos atribuir quatro quintos dos crimes que se cometem à influência da bebida alcoólica. Não há um caso em vinte daqueles que são culpados de morte, em que a bebida alcoólica não seja a causa direta ou indireta do homicídio. Bebida alcoólica e sangue, quero dizer o derramamento de sangue, andam de mãos dadas." -- Drunkenness and Crime, 7. Te 23 3 Elevada porcentagem do crime atribuída a bebidas alcoólicas -- Nove décimos dos que são levados à prisão são os que aprenderam a beber. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1894. Te 23 4 Seqüência do beber e do crime -- Quando é satisfeita a sede de bebida alcoólica, o homem leva voluntariamente aos lábios a bebida que o rebaixa abaixo do nível do animal, aquele que foi feito à imagem de Deus. A razão fica paralisada, o intelecto é obscurecido, excitadas as paixões animais, e então, seguem-se crimes do caráter mais aviltante. -- Testimonies for the Church 3:561. Te 24 1 Por que se acham relacionados o álcool e o crime -- Os que freqüentam os bares abertos a todos os que são bastante insensatos para se meter com o mal mortal que eles contêm, estão seguindo a vereda que conduz à morte eterna. Eles se estão vendendo, corpo, alma e espírito a Satanás. Sob a influência da bebida que tomam, são levados a fazer coisas das quais, não houvessem provado a enlouquecedora droga, haver-se-iam afastado com horror. Quando se encontram sob a influência do veneno líquido, estão sob o controle de Satanás. Ele os governa, e eles cooperam. -- Carta 166, 1903. Te 24 2 Natureza dos crimes cometidos sob o álcool -- O resultado da ingestão de bebidas alcoólicas demonstra-se pelos espantosos homicídios que ocorrem. Quantas vezes se verifica que os roubos, incêndios, assassínios, foram cometidos sob a influência da bebida! Todavia o maldito comércio alcoólico é legalizado, e opera ruína indizível nas mãos dos que amam brincar com aquilo que arruína, não somente a pobre vítima, mas toda a sua família! -- The Review and Herald, 1 de Maio de 1900. Te 24 3 Casas de prostituição, antros de vício, cortes criminais, prisões, casas de caridade, asilos de alienados, hospitais, acham-se todos, em alto grau, cheios, como resultado do trabalho do vendedor de bebidas. Qual a Babilônia mística do Apocalipse, ele está comerciando com "escravos" e "almas de homens". Por trás do vendedor de bebidas alcoólicas encontra-se o poderoso destruidor de almas, e todo ato que a Terra ou o inferno pode inventar é empregado para atrair seres humanos para debaixo de seu poder. Te 24 4 Na cidade e no campo, nos trens, nos grandes navios, nos lugares de negócios, nas salas de prazer, no dispensário médico, mesmo na igreja à sagrada mesa da Comunhão, acham-se preparadas suas armadilhas. Nada é negligenciado para criar e fomentar o desejo de intoxicantes. Quase em toda esquina encontra-se uma casa de diversão com suas luzes brilhantes, seu acolhimento e alegria, convidando o homem de trabalho, o rico ocioso e o incauto jovem. Dia a dia, mês a mês, ano a ano, prossegue a obra. -- Drunkenness and Crime, 8. Te 25 1 O bebedor não é escusável -- Crimes de toda espécie têm sido cometidos por pessoas embriagadas, e todavia os que os perpetraram têm sido desculpados em muitos casos, por não saberem o que faziam. Isto não diminui a culpa do criminoso. Se com sua própria mão ele leva o copo à boca, e toma deliberadamente aquilo que sabe ir-lhe destruir as faculdades da razão, torna-se responsável por todo o dano que causar enquanto se acha intoxicado, desde o momento em que permite que o apetite o domine, e troca suas faculdades de raciocínio por bebidas intoxicantes. Foi seu próprio ato que o levou abaixo dos animais, e os crimes cometidos quando ele se encontra em estado de intoxicação devem ser punidos tão severamente como se a pessoa estivesse na plena posse de seu raciocínio. -- Spiritual Gifts 4:125. Te 25 2 Embriaguez e crime antes do dilúvio e agora -- Os males tão claros em nossos dias, são os mesmos que trouxeram destruição ao mundo antediluviano. "Nos dias anteriores ao dilúvio" um dos pecados dominantes era a embriaguez. Segundo o relato de Gênesis, vemos que "a Terra, porém, estava corrompida diante de Deus; e encheu-se a Terra de violência". O crime reinava supremo; a própria vida não estava em segurança. Homens cuja razão era destronada por bebida intoxicante, pouco se importavam de tirar a vida de um ser humano. Te 25 3 "E como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." A embriaguez e o crime que agora dominam, foram preditos pelo próprio Salvador. Vivemos nos dias finais da história terrestre. Soleníssimo é o tempo. Tudo prenuncia a breve volta de nosso Senhor. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1906. Te 26 1 Os juízos de Deus em nossos dias -- Por causa da impiedade que se segue em grande parte em resultado do uso das bebidas alcoólicas, os juízos de Deus estão caindo sobre a Terra em nossos dias. -- Conselhos Sobre Saúde, 432. Te 26 2 A lição da cidade de S. Francisco -- Por algum tempo depois do grande terremoto ao longo da costa da Califórnia, as autoridades de S. Francisco e em algumas das cidades menores e nas vilas, decretaram o fechamento de todos os bares. Tão notável foi o efeito dessa ordem estritamente executada, que a atenção dos homens pensantes de toda a América, e notadamente na Costa do Pacífico, foi dirigida para as vantagens que resultariam de um permanente fechamento de todos os bares. Durante muitas semanas a seguir ao terremoto de S. Francisco, bem pouca embriaguez foi vista. Nenhuma bebida intoxicante foi vendida. O estado de desorganização e anormalidade nos negócios deu aos funcionários da cidade razão de esperar um aumento anormal de desordem e crime, e ficaram grandemente surpreendidos ao verificar o contrário. Aqueles de quem esperavam muita perturbação, não deram senão um pouco. Essa notável ausência de violência e crime foi em grande parte atribuída à supressão da bebida intoxicante. Te 26 3 Os redatores de alguns dos principais jornais foram de opinião que seria para benefício permanente da sociedade e edificação dos melhores interesses da cidade o fechamento permanente dos bares. O sábio conselho, porém, foi posto de lado, e dentro de breves semanas era dada permissão aos vendedores de bebidas alcoólicas para reabrirem seus lugares de comércio, a preço de licença consideravelmente mais alto do que era anteriormente pago ao tesouro da cidade. Te 26 4 Na calamidade que sobreveio a S. Francisco, o Senhor visava extinguir os bares que têm sido causa de tanto mal, tanta miséria e crime; e todavia os depositários do bem-estar público se demonstraram infiéis a seu encargo, legalizando a venda das bebidas. ... Eles sabem que assim fazendo, estão licenciando virtualmente a prática do crime; e apesar do conhecimento desse seguro resultado, eles não se detiveram. ... O povo de S. Francisco terá de responder perante o tribunal de Deus pela reabertura dos centros de bebidas intoxicantes naquela cidade. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1906. Te 27 1 A significação das condições atuais -- Não obstante às muitas provas do aumento do crime e da ilegalidade, raramente se detêm os homens para pensar seriamente na significação dessas coisas. Quase sem exceção, gabam-se os homens do esclarecimento e progresso da era atual. Te 27 2 Sobre aqueles a quem Deus tem dado grande esclarecimento, impende a solene responsabilidade de chamar a atenção de outros para o significado do aumento da embriaguez e do crime. Devem também pôr diante de outros as Escrituras que descrevem claramente as condições que existiriam justamente antes da segunda vinda de Cristo. Eles devem erguer fielmente a norma divina, e alçar a voz em protesto contra a sanção do tráfico de bebidas alcoólicas por ato legal. -- Drunkenness and Crime, 3. ------------------------Capítulo 6 -- Problema econômico Te 27 3 O tráfico de bebidas alcoólicas engendra desonestidade e violência -- Em todos os aspectos do comércio de bebidas, há desonestidade e violência. As casas dos traficantes dessas bebidas constroem-se com o salário da injustiça, e mantêm-se com violência e opressão. -- The Review and Herald, 1 de Maio de 1894. Te 27 4 Milhões gastos em comprar a desgraça e a morte -- "Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito. ... Que diz: Edificarei para mim uma casa espaçosa, e aposentos largos, e lhe abre janelas, e está forrada de cedro, e pintada de vermelhão. Reinarás tu, porque te encerras em cedro? ... Os teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua avareza, e para o sangue inocente, para derramá-lo, e para a opressão, e para a violência, a fim de levar isso a efeito." Este texto pinta a obra dos que manufaturam e vendem bebida intoxicante. Seu negócio representa um roubo. Pelo dinheiro que recebem não devolvem nenhum equivalente útil. Todo dólar que acrescentam a seus ganhos, representa uma maldição para o comprador. Te 28 1 Cada ano, milhões e milhões de litros de bebidas intoxicantes são consumidos. Milhões e milhões de dólares são gastos em comprar a desgraça, a pobreza, a enfermidade, a degradação, concupiscência, crime e morte. Por amor do ganho, o traficante de bebidas passa a suas vítimas aquilo que corrompe e destrói a mente e o corpo. Ele ata à família do ébrio a pobreza e a desgraça. -- Drunkenness and Crime, 7, 8. Te 28 2 Contrastante situação econômica -- O ébrio é capaz de coisas melhores. Deus lhe confiou talentos com que glorificar a Deus; seus semelhantes porém, armaram um laço a sua alma, e edificam-se com sua pobreza. Vivem no luxo enquanto seus irmãos pobres a quem têm roubado têm vivido na pobreza e na degradação. Mas Deus requererá tudo isto da mão daquele que ajudou a acelerar a marcha do ébrio no caminho da ruína. -- Manuscrito 90, 1894. Te 28 3 Os legisladores e os vendedores de bebidas alcoólicas têm responsabilidades financeiras -- Os legisladores e os vendedores de bebidas alcoólicas podem lavar as mãos à semelhança de Pilatos, mas não se acharão limpos do sangue das almas. A cerimônia de lavar as mãos não os limpará quando, por sua influência ou instrumentalidade, ajudaram a tornar homens bebedores. Ser-lhes-á imputada responsabilidade pelos milhões de dólares gastos na destruição dos consumidores. Ninguém se pode tornar cego aos terríveis resultados do comércio de bebidas. Os jornais diários mostram que a desgraça, a pobreza, o crime que resultam desse comércio, não são fábulas artificialmente compostas, e que centenas de homens se estão enriquecendo com os magros salários dos homens que eles estão mandando à perdição por meio de seu tremendo comércio de bebidas. Oh! se pudesse ser criado um sentimento público que pusesse fim ao comércio de bebidas, fechasse os bares, e desse a esses homens enlouquecidos uma oportunidade de pensar nas realidades eternas! -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1894. Te 29 1 Poder-se-iam haver estabelecido escolas -- Pensai no dinheiro desperdiçado nos bares, onde os homens vendem a própria razão por aquilo que os coloca inteiramente sob o controle de Satanás. Que mudança se operaria na sociedade se o dinheiro assim gasto fosse usado em estabelecer escolas onde crianças e jovens recebessem instrução no sentido bíblico, ensinados a ser de préstimo a seus semelhantes, em como buscar e salvar os perdidos! Te 29 2 Há uma obra a ser feita por todas as classes sociais. ... Não devemos esquecer os ministros, os advogados, os senadores, juízes, muitos dos quais usam bebida forte e fumo. ... Pedi-lhes o dinheiro que, de outro modo gastariam em satisfações nocivas, de bebida e de fumo, para estabelecimento de instituições em que crianças e jovens possam ser preparados para preencher posições de utilidade no mundo. -- Carta 25, 1902. Te 29 3 Os famintos poderiam ser alimentados -- O clamor dos milhões de famintos de nosso mundo seria em breve silenciado caso o dinheiro posto nas gavetas do vendedor de bebidas alcoólicas fosse empregado em aliviar o sofrimento da humanidade. O mal, porém, cresce continuamente. A mocidade está sendo educada de modo a amar a vil mercadoria, e isto os está arruinando, alma e corpo. A obra que poderiam fazer na vinha de Deus, recusam-se a realizar. -- Manuscrito 139, 1899. Te 29 4 Missões poderiam haver sido estabelecidas -- Pensai nos milhares e milhões de dólares empregados em bebida que tornará o homem como um animal, e lhe destrói a razão. ... Todo esse dinheiro poderia realizar indizível bem caso fosse usado para sustento de missões nos lugares entenebrecidos da Terra. Deus está sendo privado daquilo que Lhe pertence de direito. -- Manuscrito 38, 1905. Te 29 5 Publicações poderiam haver sido aumentadas -- Quando obedecermos à recomendação do apóstolo: "Quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus", milhares de dólares que são agora sacrificados no altar da nociva concupiscência fluirão para os tesouros do Senhor, multiplicando publicações em línguas diversas para serem disseminadas como as folhas do outono. Missões serão estabelecidas em outras nações, então os seguidores de Cristo serão realmente uma luz do mundo. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1874. Te 30 1 A intemperança aumentada pelos feriados -- A embriaguez, rixas, violências, crimes, homicídios, vêm em resultado de os homens venderem seu raciocínio. Os numerosos feriados aumentam os males da intemperança. Os feriados não auxiliam a moralidade ou a religião. Os homens gastam nesses dias em bebidas o dinheiro que devia ser empregado para prover as necessidades de sua família; e o vendedor de bebidas alcoólicas ceifa sua colheita. Te 30 2 Quando entra a bebida, a razão sai. Esta é a hora e o poder das trevas, quando se torna possível todo crime, e todo o maquinismo humano é governado pelo poder de baixo, quando o corpo e a alma são postos sob o domínio da paixão. E que pode deter esta paixão? Que a pode impedir? Essas almas não têm ancoradouro certo. Os feriados as estão levando à tentação; pois muitos julgam que num feriado, por ser feriado, têm o privilégio de fazerem o que lhes apraz. -- Manuscrito 17, 1898. Te 30 3 Milhões para o tesouro do Diabo -- Olhai os que bebem vinho e cerveja e bebida forte. Façam eles as contas do dinheiro que gastam nisso. Quantos milhares e milhões foram ao tesouro do diabo para perpetuar a impiedade, e levar avante a dissolução, a corrupção e o crime. -- Manuscrito 20, 1894. ------------------------Capítulo 7 -- O álcool e o lar Te 30 4 Beber moderadamente -- O beber moderadamente é uma escola em que os homens estão recebendo uma educação para a carreira de ébrios. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 31 1 As bênçãos de Deus transformadas em maldição -- Nosso Criador tem outorgado liberalmente ao homem Suas mercês. Fossem todos esses dons da Providência empregados sábia e moderadamente, e a pobreza, a enfermidade e a aflição seriam quase banidas da Terra. Mas ai! vemos por toda parte as bênçãos de Deus transformadas em maldição pela impiedade dos homens. Te 31 2 Não há classe culpada de maior perversão e abuso de Seus preciosos dons, do que os que empregam os produtos do solo na fabricação de bebidas intoxicantes. Os nutritivos cereais, os frutos saudáveis e deliciosos, são convertidos em beberagens que pervertem os sentidos e enlouquecem o cérebro. Em resultado do uso desses venenos, milhares de famílias se acham privadas dos confortos, e mesmo das necessidades da vida, multiplicam-se os atos de violência e de crime, e a moléstia e a morte levam apressadamente milhares e milhares de vítimas para a sepultura, em conseqüência da embriaguez. -- Obreiros Evangélicos, 385, 386. Te 31 3 Os votos matrimoniais dissolvidos no líquido ardente -- Olhai ao lar do ébrio. Observai a pobreza esquálida, a ruína, a indizível infelicidade que ali reinam. Vede a outrora feliz esposa fugindo de diante do marido insano. Ouvi-lhe as súplicas de misericórdia enquanto os golpes cruéis caem-lhe no corpo contraído. Onde, os sagrados votos feitos perante o altar do matrimônio? Onde o amor para prezar, a força para protegê-la agora? Ai, esses dissolveram-se como pérolas preciosas no líquido ardente, o cálice das abominações! Olhai aquelas crianças seminuas. Em algum tempo, eram ternamente acariciadas. Nem as intempéries do inverno, nem o frio sopro do menosprezo e da zombaria do mundo tinha permissão de aproximar-se delas. O cuidado de um pai, o amor de uma mãe, tornavam seu lar um paraíso. Agora, tudo está mudado. Dia por dia sobem ao Céu os gritos angustiados dos lábios da esposa e dos filhos de um bêbado. -- The Review and Herald, 8 de Novembro de 1881. Te 31 4 Desapareceu-lhe a varonilidade -- Olhai ao ébrio. Vede o que lhe tem feito a bebida alcoólica. Seus olhos estão turvos, avermelhados. Seu rosto está intumescido e bestializado. Vacilante é seu andar. O cunho da obra de Satanás estampa-se em todo ele. A própria Natureza protesta que o não conhece; pois ele perverteu as faculdades a ele dadas por Deus, e prostituiu sua varonilidade pela condescendência com a bebida. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1894. Te 32 1 Uma expressão da violência de Satanás -- Assim opera ele [Satanás] quando instiga os homens a venderem a alma por bebida. Toma posse do corpo, da mente e da alma, e não mais é o homem, mas Satanás que opera. E a crueldade de Satanás exprime-se quando o homem ergue a mão para bater na esposa que ele prometeu amar, proteger enquanto vivesse. As ações do ébrio são uma expressão da violência de Satanás. -- Medicina e Salvação, 114. Te 32 2 A condescendência com a bebida intoxicante coloca o homem inteiramente sob o controle do demônio que inventou esse estimulante a fim de apagar e destruir a imagem moral de Deus. -- Manuscrito 1, 1899. Te 32 3 Perdidas a calma e a paciência -- Não é possível o homem intemperante possuir caráter calmo, bem equilibrado, e se ele lida com mudos animais, as vergastadas a mais que ele dá com o chicote nas criaturas de Deus, revelam o estado de perturbação dos seus órgãos digestivos. O mesmo espírito manifesta-se no círculo familiar. -- Carta 17, 1895. Te 32 4 A vergonha e a maldição de toda terra -- As estúpidas, embrutecidas ruínas da humanidade -- almas por quem Cristo morreu, e sobre as quais choram os anjos -- encontram-se por toda parte. São uma nódoa em nossa alardeada civilização. São a vergonha e a ruína e o perigo de toda a Terra. -- A Ciência do Bom Viver, 330. Te 32 5 A esposa roubada, os filhos famintos -- O ébrio não tem conhecimento do que está fazendo quando sob a influência do trago enlouquecedor, e todavia aquele que lhe vende aquilo que o torna irresponsável, é protegido pela lei em sua obra de destruição. É legal quanto a ele roubar à viúva o pão de que precisa para manutenção da vida. É legal que ele faça a família de sua vítima arrastar uma existência de fome, que os filhos tenham de ir para a rua mendigar uma moeda ou suplicar um pedaço de pão. Dia a dia, mês a mês, ano a ano, repetem-se essas cenas vergonhosas, até que a consciência do vendedor de bebidas tóxicas se torna cauterizada como por um ferro candente. As lágrimas dos filhos sofredores, os angustiados clamores da mãe, não servem senão para exasperar o vendedor de álcool. .... Te 33 1 O negociante de bebidas não hesita em cobrar as dívidas do ébrio da sofredora família, e levará as coisas mais necessárias da casa para pagar a conta de bebidas do falecido esposo e pai. Que lhe importa se os filhos do morto passam fome? Ele os considera rebaixadas e ignorantes criaturas, que foram maltratadas, escoiceadas e degradadas; e nenhum interesse tem em seu bem-estar. O Deus que reina no Céu, porém, não perdeu de vista a primeira causa ou derradeiro efeito da inexprimível miséria e aviltamento que sobrevieram à família do bebedor. O livro do Céu contém cada detalhe da história. -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1894. Te 33 2 O ébrio responsável por sua culpa -- Não pense o homem que condescende com a bebida que poderá desculpar sua contaminação lançando a reprovação ao comerciante de bebidas; pois ele terá de responder por seu pecado e pela degradação de sua mulher e de seus filhos. "Aqueles que abandonam ao Senhor serão consumidos." -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1894. Te 33 3 Na sombra da bebida Alcoólica -- Dia a dia, mês a mês, ano a ano, prossegue a obra. Pais e maridos e irmãos, o esteio, a esperança e o orgulho da nação, vão decididamente passando para os antros do traficante de bebidas, para serem devolvidos desgraçados, em ruína. Te 33 4 Mais terrível ainda, a praga está ferindo o próprio coração do lar. Mais e mais estão as mulheres formando o hábito da bebida. Em muitas casas, estão crianças, mesmo na inocência e desamparo de seus primeiros dias, em perigo diário, devido à negligência, ao mau trato, à vileza de mães embriagadas. Filhos e filhas estão a crescer à sombra desse terrível mal. Quais as perspectivas para seu futuro, senão que venham a atolar-se ainda mais fundo que seus pais? -- A Ciência do Bom Viver, 339. ------------------------Capítulo 8 -- Uma causa de acidentes Te 34 1 O ébrio sob o controle de Satanás -- Os homens que usam bebidas alcoólicas tornam-se escravos de Satanás. Este tenta os que ocupam posições de confiança nas estradas de ferro, nos navios, os que têm a responsabilidade de embarcações ou de carros cheios de pessoas aglomeradas para divertimentos idólatras, sim ele os tenta a condescender com o apetite pervertido, e assim esquecem a Deus e a Suas leis. Oferece-lhes tentadoras seduções para que, pela condescendência com hábitos e apetites errôneos, coloquem-se onde ele lhes possa controlar a razão como um trabalhador maneja seu instrumento. Então ele opera para destruir os amantes do prazer. Te 34 2 Assim cooperam os homens com Satanás, como instrumentos seus. Não podem ver seu propósito. Sinais são feitos incorretamente, e há colisões de carros. Então vêm horror, mutilação e morte. Este estado de coisas se tornará mais e mais assinalado. Os jornais diários noticiarão muitos e terríveis acidentes. Não obstante os centros de bebidas serão tornados igualmente atrativos. A bebida intoxicante continuará a ser vendida à pobre alma tentada que perdeu a capacidade de erguer-se e dizer: Sou um homem, mas diz por suas ações: Não me posso dominar. Não posso resistir à tentação. Todos esses cortaram sua ligação com Deus, e são joguetes do engano de Satanás. -- Manuscrito 17, 1898. Te 34 3 O discernimento prejudicado pela bebida alcoólica -- Os bebedores de bebidas intoxicantes encontram-se sob a destruidora influência de Satanás. Ele lhes apresenta suas falsas idéias, e não se pode absolutamente confiar no discernimento deles. -- The Review and Herald, 1 de Maio de 1900. Te 35 1 Algum funcionário num trem de estrada de ferro negligencia atender a um sinal ou entende mal a uma ordem. O trem avança; dá-se um choque, e muitas vidas se perdem. Ou é um navio que encalha, e passageiros e tripulação encontram nas águas seu túmulo. Quando se investiga a questão, verifica-se que alguém, num posto de responsabilidade, se achava sob o efeito da bebida. -- A Ciência do Bom Viver, 331. Te 35 2 Deus considera o bebedor responsável -- São os homens que comandam os grandes transatlânticos, que têm a direção de estradas de ferro, estritamente temperantes? Acha-se o seu cérebro livre de influência de intoxicantes? Se não, os acidentes que ocorram sob sua direção ser-lhes-ão imputados pelo Deus do Céu, ao qual pertencem homens e mulheres. -- The Review and Herald, 1 de Maio de 1900. Te 35 3 Homens sobre quem impendem sérias responsabilidades na salvaguarda de seus semelhantes quanto a acidentes e dano, são muitas vezes infiéis ao seu encargo. Devido à condescendência com o fumo e a bebida alcoólica, não mantêm a mente clara e serena como fez Daniel nas cortes de Babilônia. Eles turbam o cérebro pelo uso de estimulantes narcóticos, e temporariamente perdem as faculdades de raciocínio. Muito naufrágio em alto mar pode ser, em sua origem, ocasionado pela bebida. Te 35 4 De quando em quando anjos invisíveis protegeram em alto mar navios nos quais viajavam alguns passageiros que oravam e tinham fé no poder protetor de Deus. O Senhor tem poder para conter as ondas raivosas, tão impacientes por destruir e tragar Seus filhos. -- Manuscrito 153, 1902. Te 35 5 Reprovar a bebida alcoólica -- Precisamos de homens que, sob a inspiração do Espírito Santo, reprovem o jogo e a bebida intoxicante, males tão dominantes nestes últimos dias. -- Manuscrito 117, 1907. Te 36 1 A única orientação segura -- Quantos acidentes terríveis ocorrem devido à influência do álcool!... Qual é a porção desse horrível intoxicante que um homem possa tomar e estar seguro quanto à vida de outros seres humanos? Ele só pode estar seguro mediante a abstenção de bebidas. Não deve confundir a mente com o álcool. Intoxicante algum lhe deve passar os lábios; então, se acontecer um desastre, os homens que ocupam lugares de responsabilidade podem fazer o melhor que lhes seja possível, e enfrentar com satisfação o seu registro, seja qual for o resultado. -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1894. ------------------------Capítulo 9 -- Um problema de saúde pública Te 36 2 Eles venderam sua força de vontade -- Há no mundo uma multidão de seres humanos degradados, os quais, cedendo em sua mocidade à tentação do fumo e do álcool, envenenaram os tecidos da estrutura humana, e perverteram sua capacidade de raciocínio, até que o resultado fosse justamente o que Satanás tinha em mira. As faculdades do pensamento ficaram obscurecidas. As vítimas cedem à tentação de beber, e vendem toda razão que tiverem por um copo de bebida alcoólica. Te 36 3 Vede aquele homem privado da razão. Que é ele? Um escravo da vontade de Satanás. O arqui-apóstata imbui-o de seus próprios atributos. Ele é escravo da licenciosidade e da violência. Não há crime que ele não possa vir a cometer; pois leva aos lábios aquilo que o tem intoxicado, tornando-o um demônio quando sob sua influência. Te 36 4 Olhai a nossos jovens. E escrevo agora o que me faz doer o coração. Eles perderam a força de vontade. Seus nervos estão fracos, porquanto sua força se acha exausta. O rosado viço da saúde não se encontra em seu semblante. O saudável brilho dos olhos, desapareceu. Perdido está seu fulgor. O vinho que têm bebido enfraqueceu-lhes a memória. São como pessoas avançadas em anos. O cérebro não mais está apto a produzir seus ricos tesouros quando necessário. -- Manuscrito 17, 1898. Te 36 5 Pecado moral e doença física -- Acham-se entre as vítimas da intemperança homens de todas as classes e profissões. Homens de elevada posição, de notáveis talentos, de grandes consecuções, têm cedido aos apetites a ponto de se tornarem incapazes de resistir à tentação. Alguns que eram dantes possuidores de fortuna, encontram-se sem lar, sem amigos, em sofrimento e miséria, enfermidade e degradação. Perderam o domínio de si mesmos. A menos que uma mão ajudadora lhes seja estendida, hão de cair mais e mais baixo. Aliada a essa condescendência consigo mesmo se acha, não somente um pecado moral, mas uma doença física. -- A Ciência do Bom Viver, 172. Te 37 1 Em situação desesperada -- O homem que formou o hábito de usar intoxicantes, encontra-se em situação desesperada. Tem o cérebro enfermo, enfraquecido o poder da vontade. No que respeita a qualquer poder de sua parte, é incontrolável o apetite da bebida para ele. Não se pode raciocinar com ele nem persuadi-lo à renúncia. -- A Ciência do Bom Viver, 344. Te 37 2 Corpo e alma em servidão -- Os bares acham-se espalhados por cidades e vilas. ... O viajante entra nessa casa pública em seu juízo, caminhando direito; contemplai-o, porém, ao sair. Fugiu-lhe o brilho dos olhos. Acha-se agora incapaz de caminhar com firmeza; cambaleia de um lado para o outro qual um navio em alto mar. Paralisou-se-lhe a faculdade de raciocínio, destruída está a imagem de Deus. O trago envenenado, enlouquecedor, imprimiu-lhe um estigma. ... Corpo e alma encontram-se em servidão, e ele não pode discernir o direito do erro. O negociante de bebidas pôs a garrafa aos lábios de seu próximo, e sob a influência do álcool se encontra cheio de crueldade e homicídio e, em seu desvario na realidade comete assassínio. Te 37 3 É levado a um tribunal terrestre, e aqueles que legalizam o tráfico são forçados a lidar com os resultados de sua própria obra. Eles autorizaram por lei o dar a bebida a esse homem, bebida que o transformaria de um homem são em um louco, e todavia lhes é necessário agora mandá-lo para a prisão e às galés por seu crime. Sua esposa e filhos são deixados em desamparo e pobreza, para tornar-se um encargo para a sociedade em que vivem. Esse homem está, de corpo e de alma, perdido -- cortado da Terra e sem esperança do Céu. ... Te 38 1 Força alguma para resistir à tentação -- As vítimas do álcool tornam-se tão enlouquecidas sob a influência do tóxico, que estão prontas a vender a razão por um copo de aguardente. Não observam o mandamento "Não terás outros deuses diante de Mim". Tão enfraquecida se acha sua força moral, que não têm resistência para vencer a tentação, e tão forte é seu desejo de beber que eclipsa todos os outros, e não podem compreender que Deus requer que eles O amem de todo o coração. São praticamente idólatras; pois tudo quanto aliena do Criador as afeições, tudo quanto enfraquece e amortece a força moral, usurpa-Lhe o trono, e recebe o culto que Lhe é devido, unicamente a Ele. Em todas essas vis idolatrias é adorado Satanás. Te 38 2 Aquele que se demora perto do vinho está a jogar a partida da vida com Satanás. Foi ele que tornou os homens maus seus instrumentos, de modo que os que iniciam o hábito da bebida se podem tornar ébrios. Ele tem seus planos feitos para que, quando o cérebro estiver confundido pelo álcool, leve o bêbado ao desespero, e faça-o cometer algum crime atroz. No ídolo erguido por ele para o homem adorar, encontra-se toda poluição e crime, e o culto do ídolo arruinará tanto a alma como o corpo, e estenderá a má influência à mulher e aos filhos do ébrio. As tendências corruptas dele são transmitidas a sua posteridade, e por meio desta às gerações vindouras. Te 38 3 Uma força demoníaca em operação -- Não são porém os governadores da Terra em grande parte responsáveis pelos crimes agravantes, a corrente mortífera do mal que é resultante do comércio de bebidas alcoólicas? Não é seu dever e não está em suas forças remover o pernicioso mal? Satanás formou seus planos, e se aconselha com os legisladores, e eles lhe recebem o conselho, e mantém assim em atividade, mediante atos legislativos, uma multiplicidade de males, os quais redundam em tal miséria e crime de caráter tão terrível, que a pena humana é incapaz de o descrever. Uma força demoníaca opera por intermédio dos instrumentos humanos, e os homens são tentados a condescender com o apetite até que perdem todo o controle de si mesmos. O espetáculo de um homem bêbado, não fosse coisa tão comum, despertaria a indignação pública, e faria com que o comércio de bebidas fosse banido; o poder de Satanás, porém, tem por tal forma endurecido o coração humano, de tal maneira pervertido o discernimento do homem, que eles podem olhar a miséria, o crime e a pobreza que inundam a Terra mediante o tráfico da bebida, e permanecer indiferentes. ... Te 39 1 Dia após dia, mês após mês, ano após ano, as fatais armadilhas de Satanás são preparadas em nossas comunidades, às nossas portas, nas esquinas das ruas, onde quer que seja possível apanhar almas, para que lhes seja destruída a força moral, e a imagem de Deus apagada, e elas venham a imergir em degradação muito abaixo do nível de um animal. Almas são postas em perigo e jazem prestes a morrer, e onde está a energia ativa, o esforço determinado da parte dos cristãos, para erguerem o sinal de perigo, esclarecerem seus semelhantes, salvar seus irmãos a perecer? Não devemos falar em imaginar métodos para salvar os que se encontram perdidos e mortos, mas para atuar naqueles que ainda não estão além do alcance da simpatia e do auxílio. ... Te 39 2 Legalizando o tráfico de bebidas alcoólicas, a lei dá sua sanção para a queda da alma, e recusa deter esse comércio que inunda a Terra de males. Considerem os legisladores se todo esse risco para a vida humana, a energia física e a visão mental, é ou não é evitável. É acaso necessário toda essa destruição de vida humana? -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1894. Te 39 3 A responsabilidade do comerciante de bebidas alcoólicas -- Os que vendem bebidas intoxicantes a seu próximo ... recebem o ganho dos ébrios, e não lhes dão nenhum equivalente por seu dinheiro. Ao contrário, dão-lhes aquilo que os enlouquece, fá-los agir como tolos, e transforma-os em demônios de mal e crueldade. ... Te 40 1 Os anjos de Deus, porém, têm testemunhado todo passo na trilha descendente, e têm ligado toda conseqüência resultante de um homem pôr a garrafa nos lábios de seu semelhante. O comerciante de bebidas está escrito nos registros entre aqueles cujas mãos se acham tintas de sangue. É condenado por conservar em mãos o venenoso trago pelo qual seu semelhante é tentado para a ruína, e pelo qual os lares se enchem de miséria e degradação. O Senhor considera o traficante de bebidas responsável por cada moedinha que lhe cai na gaveta, vinda do ganho do pobre ébrio que perdeu a força moral, que afogou sua varonilidade na bebida. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1894. Te 40 2 Ele deve responder perante Deus -- Não importa qual seja a fortuna, o poder ou a posição de um homem à vista do mundo, não importa se ele teve ou não o consentimento da lei da Terra para vender bebidas venenosas a seu semelhante; ele será considerado responsável aos olhos do Céu por degradar a alma que foi redimida por Cristo, e será citado perante o tribunal do juízo por rebaixar um caráter que devia haver refletido a imagem de Deus, para refletir a imagem daquilo que jaz abaixo da criação animal. Te 40 3 Estimulando os homens a se educarem no hábito da bebida, o vendedor de álcool está efetivamente tirando a justiça da alma, e levando homens a se tornarem abjetos escravos de Satanás. O Senhor Jesus, o Príncipe da Vida, acha-Se em conflito com Satanás, o príncipe das trevas. Cristo declara que Sua missão é erguer os homens. ... Te 40 4 Jesus deixou as cortes reais do Céu, pôs de lado Sua própria glória e revestiu Sua divindade com humanidade, a fim de Se pôr em íntimo contato com a humanidade, e por preceito e exemplo elevá-la e enobrecê-la, e restaurar na alma humana a perdida imagem de Deus. Esta é a obra de Cristo; mas qual é a influência dos que legalizam o comércio da bebida? Qual a influência dos que põem a garrafa aos lábios de seus semelhantes? Comparai a obra do vendedor de álcool com a de Jesus Cristo, e sereis forçados a reconhecer que aqueles que negociam com as bebidas intoxicantes, e os que apóiam esse comércio, estão trabalhando em sociedade com Satanás. Por meio desse comércio estão eles fazendo maior obra para perpetuar a desgraça humana do que os homens empenhados em qualquer outro negócio no mundo. ... Te 41 1 O vendedor de bebida alcoólica toma a mesma atitude de Caim, e diz: "Sou eu guardador de meu irmão?" e Deus lhe diz, como disse a Caim: "A voz do sangue de teu irmão clama a Mim desde a terra." Os vendedores de bebidas serão considerados responsáveis pela desgraça que tem sido trazida aos lares daqueles que eram fracos em força moral, e que caem sob a tentação de beber. Serão culpados da miséria, sofrimento, desespero trazidos ao mundo mediante o comércio de bebidas intoxicantes. Terão de responder pelo infortúnio, as privações da mãe e dos filhos que sofreram por falta de alimento, teto e roupa, que viram sepultada toda esperança e alegria. Aquele que cuida da avezinha, e a vê cair ao chão, que veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no fogo, não passará por alto aqueles que foram formados à Sua imagem, comprados com Seu próprio sangue, nem deixa de dar atenção ao clamor de seus sofrimentos. Deus Se importa com toda essa impiedade que perpetua a miséria e o crime. Ele lança tudo isso à conta daqueles cuja influência ajuda a abrir a porta à tentação para a alma. -- Manuscrito 90, 1894. Te 41 2 A sentença de Deus sobre o vendedor de bebidas tóxicas -- Ele não sabe, nem se importa se o Senhor tem um ajuste de contas com ele. E quando sua vítima estiver morta, seu coração de pedra ficará impassível. Te 41 3 Ele não deu ouvidos à instrução: "A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de alguma maneira os afligirdes, e eles clamarem a Mim, Eu certamente ouvirei o seu clamor, e a Minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos." -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1894. Te 41 4 Não haverá desculpa para o vendedor de bebidas naquele dia em que todo homem receberá segundo as suas obras. Os que destruíram a vida terão de pagar a pena com sua própria vida. A lei de Deus é santa e justa e boa. -- Carta 90, 1908. Te 42 1 Não animar o desejo de tomar estimulantes -- Lembre-se toda alma de que se encontra sob obrigações sagradas para com Deus de fazer o que estiver ao seu alcance por seus semelhantes. Quão cuidadoso deve cada um ser de não suscitar o desejo de tomar estimulantes! Aconselhando amigos e vizinhos a tomar conhaque por amor de sua saúde, eles estão em risco de se tornarem instrumentos para a destruição de seus amigos. Muitos incidentes me têm chegado ao conhecimento, nos quais, devido a simples conselhos, homens e mulheres se tornaram escravos do hábito da bebida. Te 42 2 Médicos são responsáveis por muitos que se tornaram ébrios. Sabendo o que a bebida fará por seus apreciadores, têm assumido a responsabilidade de prescrevê-la a seus pacientes. Raciocinassem eles de causa para efeito, e saberiam que os estimulantes teriam em cada órgão do corpo o mesmo efeito que exercem no homem todo. Que desculpa poderão dar os médicos pela influência que têm exercido em tornar pais e mães bêbados? -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1894. Te 42 3 Advertidos para que escapem dos maus resultados -- Tendo diante de nós os horríveis resultados da condescendência com bebidas intoxicantes, como é que homens e mulheres que professam crer na Palavra de Deus se podem aventurar a tocar, provar ou manejar vinho ou bebida forte? Tal prática se acha certamente em desarmonia com a fé que professam. ... Te 42 4 O Senhor deu direções especiais em Sua Palavra com referência ao uso de vinho e bebida forte. Proibiu seu uso, e reforçou essas proibições com fortes advertências e ameaças. Sua advertência contra o uso de bebidas intoxicantes não é o resultado do exercício de arbitrária autoridade. Ele adverte os homens a fim de que escapem dos maus resultados da condescendência com o vinho e a bebida forte. ... Te 43 1 O comércio de bebidas alcoólicas é terrível flagelo a nossa terra, e é mantido e legalizado pelos que professam ser cristãos. Assim fazendo, as igrejas se tornam responsáveis por todos os resultados desse comércio que lida com a morte. O comércio de bebidas tem sua raiz no próprio inferno e conduz à perdição. Solenes são estas considerações. -- The Review and Herald, 1 de Maio de 1894. ------------------------Capítulo 10 -- O álcool e os homens em posições de responsabilidade Te 43 2 Lições do caso de Nadabe e Abiú -- Nadabe e Abiú, os filhos de Arão, os quais ministravam no santo ofício do sacerdócio, usaram abundantemente vinho e, como era seu costume, foram oficiar perante o Senhor. Requeria-se dos sacerdotes que queimavam incenso perante o Senhor usarem o fogo ateado por Deus, o qual ardia dia e noite, e nunca se extinguia. Deus dera explícitas direções quanto à maneira por que cada parte do Seu serviço devia ser efetuada, para que tudo que se relacionasse com Seu sagrado culto estivesse em harmonia com Seu caráter santo. E qualquer desvio das expressas direções de Deus em ligação com Seu santo serviço era punível com a morte. Nenhum sacrifício era aceitável a Deus se não fosse salgado nem temperado com fogo divino, que representava a comunicação entre Deus e o homem que era aberta unicamente por meio de Jesus Cristo. O fogo santo que devia ser posto sobre o incensário, era conservado sempre a arder. E enquanto o povo de Deus estava do lado de fora, orando fervorosamente, o incenso ateado pelo fogo sagrado devia subir perante Deus de mistura com suas orações. Esse incenso era um símbolo da mediação de Cristo. Te 43 3 Os filhos de Arão tomaram do fogo comum que Deus não aceitava, e insultaram o infinito Deus apresentando este fogo estranho diante dEle. Deus os consumiu por fogo por causa de sua positiva desconsideração às expressas direções que Ele havia dado. Todas as suas obras eram como a oferta de Caim. Nelas não estava representado o Salvador. Houvessem esses filhos de Arão estado no pleno domínio de suas faculdades de raciocínio, e haveriam discernido a diferença entre o fogo comum e o sagrado. A satisfação do apetite depreciou-lhes as faculdades, e embotou-lhes o intelecto de maneira que sua capacidade de discernimento desapareceu. Eles compreendiam plenamente o caráter sagrado do serviço típico, e a tremenda solenidade e responsabilidade assumida de se apresentarem perante Deus para ministrar em serviço sagrado. Te 44 1 Eles eram responsáveis -- Talvez alguns indaguem: Como podiam os filhos de Arão ser responsáveis quando seu intelecto se achava tão paralisado pela intoxicação que eles não podiam discernir a diferença entre o fogo sagrado e o comum? Foi quando eles levaram aos lábios o copo, que se tornaram responsáveis por todos os atos que cometessem enquanto se achassem sob o efeito do vinho. A condescendência com o apetite custou àqueles sacerdotes a vida. Deus proibiu expressamente o uso do vinho que exerceria a influência embotadora do intelecto. Te 44 2 "E falou o Senhor a Arão, dizendo: Vinho nem bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; e para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo; e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés."... Te 44 3 Temos aí as mais claras direções de Deus, e Suas razões para proibir o uso do vinho; para que sua capacidade de discriminação e discernimento fosse clara, e de maneira alguma confusa; e seu juízo fosse correto, e eles fossem sempre capazes de discernir entre o limpo e o imundo. Outra razão de ponderável importância por que eles se deviam abster de qualquer coisa que intoxicasse é dada também. Exigiria o pleno uso de uma razão não obscurecida o apresentar aos filhos de Israel todos os estatutos que Deus lhes falara. Te 45 1 Requisitos para os líderes espirituais -- Seja o que for no comer ou beber que incapacite as faculdades mentais para exercício ativo e saudável é ofensivo pecado aos olhos de Deus. Isto se verifica em especial no que respeita aos que servem nas coisas sagradas, os quais devem ser em todo tempo exemplos para o povo, e estar em condições de instruí-los devidamente. ... Te 45 2 Ministros que ocupam o púlpito sagrado, com boca e lábios contaminados, ousam tomar nos poluídos lábios a sagrada palavra de Deus. Pensam que Ele não lhes observa a pecaminosa condescendência. "Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal." Deus não mais receberá um sacrifício das mãos dos que se poluem assim, e oferecem com seu serviço o incenso do fumo e da bebida alcoólica, do que aceitaria a oferta dos filhos de Arão, que ofereceram incenso com fogo estranho. Te 45 3 Deus não mudou. É tão escrupuloso e exato em Seus reclamos agora como era nos dias de Moisés. Mas nos santuários de culto em nossos dias, juntamente com os hinos de louvor, as orações, e o ensino do púlpito, não há apenas fogo estranho, mas positiva contaminação. Em vez de a verdade ser pregada com santa unção de Deus, é por vezes proferida sob a influência do fumo e da bebida. Fogo estranho na verdade! A verdade e santidade bíblicas são apresentadas ao povo, e orações dirigidas a Deus de mistura com o mau odor do fumo! Tal incenso é o mais agradável a Satanás! Terrível engano é este! Que ofensa aos olhos de Deus! Que insulto Àquele que é santo, que habita na luz inacessível! Te 45 4 Caso as faculdades da mente estivessem no vigor da saúde, os professos cristãos discerniriam a incoerência de tal culto. Como Nadabe e Abiú, suas sensibilidades se acham tão embotadas, que não fazem diferença entre o sagrado e o profano. As coisas santas e sagradas são rebaixadas ao nível de seu hálito a tabaco, seu cérebro obscurecido e sua alma poluída pela condescendência com o apetite e a paixão. Cristãos professos comem e bebem, fumam e mascam fumo, e tornam-se gulosos e ébrios para satisfazer o apetite, e ainda falam em vencer como Cristo venceu! -- Redemption; or Temptation of Christ, 82-86. Te 46 1 Necessidade de julgadores lúcidos -- Como é quanto a nossos legisladores, e aos homens de nossos tribunais de justiça? Se era necessário que os que oficiavam no ministério sagrado tivessem mente clara e pleno controle de sua razão, não é também importante que os que fazem e executam as leis de nossa grande nação tenham as faculdades desanuviadas? Que diremos dos juízes e jurados, em cujas mãos repousa a sorte de vidas humanas, e cujas decisões podem condenar o inocente, ou devolver o criminoso à sociedade? Não necessitam eles ter inteiro domínio de suas faculdades mentais? São eles temperantes em seus hábitos? Caso o não sejam, não se acham aptos para posições de tanta responsabilidade. Quando os apetites se acham pervertidos, as faculdades mentais encontram-se debilitadas, e há risco de que os homens não julguem com justiça. É a condescendência com aquilo que obscurece a mente menos perigosa hoje do que quando Deus impôs restrições àqueles que ministravam no ofício sagrado? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 19. Te 46 2 Quando os governantes traem seu encargo -- Os homens que fazem as leis para reger o povo devem, mais que quaisquer outros, ser obedientes às leis mais altas que servem de fundamento a toda regra nas nações e nas famílias. Quão importante é que os homens que têm o poder de controlar sintam que se encontram, eles próprios, sob mais alto domínio! Nunca se sentirão assim enquanto sua mente estiver enfraquecida pela condescendência com os narcóticos e as bebidas fortes. Aqueles a quem é confiado fazer e executar leis, devem possuir todas as suas faculdades em vigorosa ação. Eles, mediante o exercício da temperança, em todas as coisas, podem conservar a clara discriminação entre o sagrado e o comum, e terem sabedoria para tratar com aquela justiça e integridade que Deus recomendou ao antigo Israel. ... Te 47 1 Muitos que são elevados às mais altas posições de confiança no serviço público são o oposto disso. Servem-se a si mesmos, e condescendem geralmente com o uso de narcóticos, e vinho, e bebida forte. Advogados, jurados, senadores, juízes e homens representativos têm esquecido que não podem formar, sonhando, um caráter. Eles estão estragando suas faculdades mediante pecaminosas satisfações. Descem de sua elevada posição ao contaminarem-se com a intemperança, a licenciosidade, e toda forma de mal. Suas faculdades, prostituídas pelo vício, abrem o caminho para todo mal. ... Te 47 2 Homens intemperantes não devem ser colocados em posições de confiança pelo voto do povo. Sua influência corrompe a outros, e acham-se envolvidas sérias responsabilidades. Tendo o cérebro e os nervos narcotizados pelo fumo e outros estimulantes, fazem uma lei segundo sua natureza, e uma vez dissipada a imediata influência dos mesmos, há um colapso. Acham-se freqüentemente em jogo vidas humanas; da decisão de homens nessas posições de confiança dependem vida e liberdade, ou servidão e desespero. Quão necessário que todos quantos tomam parte nessas transações sejam homens provados, homens de cultura, homens honestos e verazes, de sólida integridade, que repilam um suborno e não consintam que seu juízo ou convicções do direito sejam desviados por parcialidade ou preconceito. Assim diz o Senhor: "Não perverterás o direito do teu pobre na sua demanda. De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo, porque não justificarei o ímpio. Também presente não tomarás, porque o presente cega os que têm vista, e perverte as palavras do justo." -- The Signs of the Times, 8 de Julho de 1880. Te 47 3 Unicamente homens estritamente temperantes e íntegros devem ser admitidos em nossas assembléias legislativas e escolhidos para presidir nossas cortes de justiça. As propriedades, a reputação e a própria vida se acham inseguras quando deixadas ao juízo de homens intemperantes e imorais. Quantos inocentes foram condenados à morte, como tantos mais foram roubados de todas as suas propriedades terrenas pela injustiça de jurados, advogados, testemunhas e mesmo juízes dados à bebida! -- The Signs of the Times, 11 de Fevereiro de 1886. Te 48 1 Se todos os homens de responsabilidade fossem temperantes -- Fossem os homens representativos observadores dos caminhos do Senhor, e indicariam aos homens uma norma elevada e santa. Os que ocupam posições de confiança seriam estritamente temperantes. Magistrados, senadores e juízes teriam clara compreensão, e seu discernimento seria são, isento de perversões. O temor do Senhor estaria sempre presente, e dependeriam de uma sabedoria superior à sua. O Mestre celestial os tornaria sábios no conselho, e fortes para agir firmemente em oposição a todo erro, e promover o direito, o justo e verdadeiro. A Palavra de Deus seria seu guia, e afastariam toda opressão. Os legisladores e os que governam ficariam ao lado de toda lei justa e boa, ensinando sempre o caminho do Senhor para fazerem justiça e juízo. Deus é a cabeça de todos os governos e leis bons e justos. Aqueles a quem é confiada responsabilidade de administrar qualquer parte da lei, são responsáveis perante Deus como mordomos de Seus bens. -- The Review and Herald, 1 de Outubro de 1895. Te 48 2 Destronada a razão no festim de Belsazar -- Em seu orgulho e arrogância, com um temerário senso de segurança, Belsazar "deu um grande banquete a mil dos seus grandes, e bebeu vinho na presença dos mil". Todas as atrações que a riqueza e o poder podem proporcionar, acrescentavam esplendor à cena. Belas mulheres com seus encantos estavam entre os hóspedes em atendimento ao banquete real. Homens de talento e educação estavam presentes. Príncipes e estadistas bebiam vinho como água, e se aviltaram sob sua enlouquecedora influência. A razão destronada pela despudorada intoxicação, os mais baixos impulsos e paixões agora em ascendência, o rei em pessoa tomou a dianteira na desbragada orgia. -- Profetas e Reis, 523. Te 49 1 No próprio momento em que o festim se achava no apogeu, uma lívida mão apareceu, e traçou na parede do salão de banquete a condenação do rei e de seu reino. "Mene, Mene, Tequel, Parsim", foram as palavras escritas, e foram interpretadas por Daniel como significando: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta. ... Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas." E diz-nos o registro: "Naquela mesma noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, ocupou o reino." Te 49 2 Mal pensava Belsazar que um Observador invisível contemplava sua orgia idólatra. Nada, porém, há dito ou feito que não seja registrado nos livros do Céu. Os caracteres místicos traçados pela pálida mão testificam de que Deus é testemunha de tudo quanto fazemos, e que é desonrado pelos desregrados banquetes. Nada podemos ocultar a Deus. Não podemos escapar de nossa responsabilidade para com Ele. Estejamos onde estivermos e façamos o que fizermos, somos responsáveis para com Aquele a quem pertencemos pela criação e pela redenção. -- Manuscrito 50, 1893. Te 49 3 Terrível resultado da dissipação de Herodes -- Em muitas coisas havia Herodes reformado sua vida dissoluta. Mas o uso de comidas requintadas e bebidas estimulantes estavam constantemente enervando e amortecendo as faculdades morais e físicas, e combatendo contra os fervorosos apelos do Espírito de Deus, que haviam infundido convicção ao coração de Herodes, despertando-lhe a consciência para afastar seus pecados. Herodias estava familiarizada com os pontos fracos do caráter de Herodes. Sabia que, em circunstâncias normais, enquanto sua inteligência o controlava, ela não podia obter a morte de João. ... Te 49 4 Ocultou o melhor possível o seu ódio, aguardando o aniversário de Herodes, que ela sabia, havia de ser uma ocasião de glutonaria e intoxicação. O gosto de Herodes pelas comidas requintadas e o vinho lhe ofereceriam ensejo de pegá-lo desarmado. Ela o estimularia a condescender com o apetite, o que despertaria a paixão e diminuiria o tono do caráter mental e moral, tornando-lhe impossível às sensibilidades amortecidas ver claramente os fatos e os indícios, e tomar retas decisões. Ela fez os mais dispendiosos preparativos para o festim, e voluptuosa dissipação. Estava familiarizada com a influência desses banquetes intemperantes sobre o intelecto e a moral. Sabia que a condescendência de Herodes com o apetite, o prazer e os divertimentos lhe excitariam as paixões inferiores, e o tornariam incapaz para as mais nobres demandas do esforço e do dever. Te 50 1 A alegria contrária à natureza que a intemperança dá à mente e ao humor, diminui as sensibilidades ao aperfeiçoamento moral, tornando impossível aos santos impulsos atuarem no coração, e manterem o governo das paixões, quando a opinião pública e a moda as sustêm. Festividades e divertimentos, danças e o livre uso do vinho, embotam os sentidos, e removem o temor de Deus. ... Te 50 2 Enquanto Herodes e seus grandes se estavam banqueteando e bebendo no salão do prazer ou sala do festim, Herodias, degradada pelo crime e a paixão, mandou sua filha, vestida da maneira mais encantadora, à presença de Herodes e seus hóspedes reais. Salomé estava ornada pelas mais custosas grinaldas e flores. Enfeitava-se com jóias cintilantes e iridescentes braceletes. Com poucas vestes e menos modéstia, dançou ela para divertimento dos hóspedes do rei. Aos seus sentidos pervertidos, o encantador aparecimento dessa, para eles, visão de beleza e de graça, encantou-os. Em vez de serem regidos pela razão esclarecida, pelo gosto refinado ou consciência sensível, as qualidades inferiores da mente empunharam as rédeas. A virtude e os princípios não tiveram nenhum poder controlador. Te 50 3 O falso encanto da cena deslumbrante pareceu tirar a razão e a dignidade de Herodes e de seus hóspedes, inflamados pelo vinho. A música e o vinho e a dança haviam afastado deles o temor e a reverência de Deus. Coisa alguma parecia sagrada aos pervertidos sentidos de Herodes. Estava desejoso de fazer uma ostentação que o exaltasse ainda mais perante os grandes homens de seu reino. E prometeu precipitadamente, e confirmou sua promessa com juramento, dar à filha de Herodias tudo quanto ela pedisse. ... Te 51 1 De posse de tão maravilhosa promessa, ela correu para sua mãe, querendo saber que devia pedir. Pronta foi a resposta dessa mãe: A cabeça de João Batista em um prato. A princípio Salomé ficou chocada. Não compreendia a oculta vingança no coração de sua mãe. Recusou apresentar tão desumano pedido; mas a determinação daquela ímpia mãe prevaleceu. Além disso, ela pediu à filha que não se detivesse, mas se apressasse a apresentar sua petição antes que Herodes tivesse tempo de refletir, e mudar de idéia. Em harmonia com isso, Salomé voltou a Herodes com seu horrível pedido: "Dá-me aqui num prato a cabeça de João Batista. E o rei afligiu-se, mas, por causa do juramento, e dos que estavam à mesa com ele, ordenou que se lhe desse." Te 51 2 Herodes ficou pasmo e confundido. Cessou sua tumultuosa alegria, e os hóspedes estremeceram de horror ante esse desumano pedido. As frivolidades e dissipações daquela noite custaram a vida a um dos mais eminentes profetas que já deram uma mensagem de Deus aos homens. O copo intoxicante preparou o caminho para esse terrível crime. -- The Review and Herald, 11 de Março de 1873. Te 51 3 Nem uma só voz para salvar a João -- Por que não se fez ouvir nem uma só voz naquele grupo para impedir Herodes de cumprir seu estulto voto? Eles estavam intoxicados de vinho, e a seus sentidos obscurecidos nada havia a ser reverenciado. Te 51 4 Se bem que os hóspedes reais tivessem virtualmente um convite para o desligar daquele voto, suas línguas pareciam paralisadas. O próprio Herodes se achava sob a ilusão de que, a fim de salvar a própria reputação, precisava manter um juramento feito sob a influência da intoxicação. O princípio moral, única salvaguarda da alma, foi paralisado. Herodes e seus hóspedes achavam-se escravos, presos à mais baixa servidão ao apetite animal. ... Te 52 1 As faculdades mentais estavam enfraquecidas pelo prazer dos sentidos, os quais lhes perverteram as idéias de justiça e misericórdia. Satanás apoderou-se dessa oportunidade, na pessoa de Herodias, para levá-los a precipitarem-se em suas decisões que custaram a preciosa vida a um dos profetas de Deus. -- The Review and Herald, 8 de Abril de 1873. Te 52 2 Advertências divinas -- O Senhor não pode tolerar muito tempo mais uma geração intemperante e perversa. Há muitas advertências solenes nas Escrituras contra o uso de bebidas intoxicantes. Nos dias da antiguidade, quando Moisés estava repetindo o desejo de Jeová para com Seu povo, foram proferidas contra os ébrios as seguintes palavras: Te 52 3 "E aconteça que, ouvindo as palavras desta maldição, se abençoe no seu coração, dizendo: Terei paz, ainda que ande conforme ao bom parecer do meu coração, para acrescentar à sede a bebedice; o Senhor não lhe quererá perdoar, mas então fumegará a ira do Senhor e o Seu zelo sobre tal homem, e toda a maldição escrita neste livro jazerá sobre ele, e o Senhor apagará o seu nome de debaixo do céu." Te 52 4 Diz Salomão: "O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio." "Para quem são os ais? para quem os pesares? para quem as pelejas? para quem as queixas? para quem as feridas sem causa? e para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo, e se escoa suavemente. No seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará." Te 52 5 O uso do vinho entre os israelitas foi uma das causas que deram em resultado seu cativeiro. Disse-lhes o Senhor por intermédio do profeta Amós: Te 53 1 "Ai dos que repousam em Sião. ... Vós que dilatais o dia mau, e vos chegais ao lugar de violência; que dormis em camas de marfim, e vos estendeis sobre os vossos leitos, e comeis os cordeiros do rebanho, e os bezerros do meio da manada; que cantais ao som do alaúde, e inventais para vós instrumentos músicos, como Davi; que bebeis vinho em taças, e vos ungis com o mais excelente óleo; mas não vos afligis pela quebra [ou aflição] de José. Eis que agora ireis em cativeiro entre os primeiros que forem cativos, e cessarão os festins dos regalados." Te 53 2 "Ai de ti, ó terra, cujo rei é criança, e cujos príncipes comem de manhã. Bem-aventurada tu, ó terra cujo rei é filho dos nobres, e cujos príncipes comem a tempo, para refazerem as forças, e não para bebedice." "Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. Para que não bebam, e se esqueçam, do estatuto, e pervertam o juízo de todos os aflitos." Te 53 3 Estas palavras de advertência e ordem são incisivas e positivas. Dêem ouvidos os que ocupam posições de confiança pública, para que, mediante a bebida forte, não esqueçam a lei, e pervertam o juízo. Governadores e juízes devem estar sempre em condições de cumprir a instrução do Senhor: "A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de alguma maneira os afligirdes, e eles clamarem a Mim, Eu certamente ouvirei o seu clamor, e a Minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos órfãos." Te 53 4 O Senhor Deus do Céu reina. Ele unicamente está acima de toda autoridade, acima de todos os reis e governadores. O Senhor deu instruções especiais em Sua Palavra com referência ao uso do vinho e da bebida forte. Proibiu seu uso, e reforçou Suas proibições com fortes advertências e ameaças. Mas o proibir Ele o uso de bebidas intoxicantes não é exercício de arbitrária autoridade. Procura restringir os homens a fim de poderem escapar aos maus resultados da condescendência com o vinho e a bebida forte. Degradação, crueldade, miséria e contenda seguem-se como resultado natural da intemperança. Deus indicou as conseqüências de seguir essa má direção. Isto fez Ele para que não haja perversão de Suas leis, e para que os homens sejam poupados à vasta miséria resultante da conduta de homens malignos que, por amor do ganho, vendem intoxicantes enlouquecedores. -- Drunkenness and Crime, 4-6. ------------------------Capítulo 11 -- Efeitos do uso do fumo Te 55 1 O que ele ocasiona ao corpo -- O fumo é um veneno lento, insidioso, e seus efeitos são mais difíceis de erradicar do organismo do que a bebida. -- Testimonies for the Church 3:569. Te 55 2 O uso do fumo é um hábito que afeta freqüentemente o sistema nervoso de maneira mais poderosa que o do álcool. Ele prende a vítima em mais fortes cadeias de servidão do que o copo intoxicante; o hábito é mais difícil de vencer. O físico e a mente são, em muitos casos, mais completamente intoxicados com o uso do fumo do que com as bebidas espirituosas, porquanto é um veneno mais sutil. -- Testimonies for the Church 3:562. Te 55 3 Os fumantes culpados diante de Deus -- O fumo, seja qual for a forma em que for usado, afeta a constituição física. É um veneno lento. Afeta o cérebro e embota as sensibilidades, de maneira que a mente não pode discernir com clareza as coisas espirituais, em particular as verdades que teriam a tendência de corrigir essa satisfação sórdida. Os que usam o fumo em qualquer forma não se acham inocentes diante de Deus. Com tão sórdido costume é impossível glorificarem a Deus no corpo e no espírito que Lhe pertencem. E enquanto estiverem usando venenos tão lentos mas seguros, que lhes vão minando a saúde e rebaixando as faculdades mentais, o Senhor não os pode aprovar. Ele pode ser misericordioso para com eles enquanto condescendem com esse pernicioso hábito na ignorância do dano que lhes está causando, mas quando o assunto lhes é exposto em seu verdadeiro aspecto, então, acham-se culpados para com Deus caso continuem a condescender com essa grosseira satisfação. -- Conselhos Sobre Saúde, 81. Te 56 1 Diminuída resistência e capacidade restaurada enfraquecida -- O poder de cura vindo de Deus corre através da natureza. Se uma criatura humana se corta ou fratura um osso, a natureza começa imediatamente a curar o dano, preservando assim a vida do homem. Este, porém, pode colocar-se em posição em que a natureza fique de tal modo embaraçada que não possa efetuar sua obra. ... Caso seja usado o fumo, ... é diminuído em maior ou menor grau o poder de cura da natureza. -- Medicina e Salvação, 11. Te 56 2 Semeadura e colheita -- Lembrem-se velhos e moços que, para cada transgressão das leis da vida, a natureza emitirá o seu protesto. A pena recairá sobre as faculdades mentais, da mesma maneira que nas físicas. E ela não termina com o culpado desperdiçador. O efeito de seus delitos vêem-se em seus descendentes, e assim passam males hereditários, até à terceira e quarta gerações. Pensai nisso, pais, quando condescendeis com o uso do narcótico amortecedor da alma e do cérebro -- o fumo. Aonde vos levará esse hábito? A quem afetará ele além de vós? -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1910. Te 56 3 Entre as crianças e os jovens, o uso do fumo está operando indizível dano. As práticas contrárias à saúde, das gerações passadas, afetam as crianças e a juventude de hoje. A incapacidade mental, a fraqueza física, os descontrolados nervos e os apetites contrários à natureza, são transmitidos como legado de pais aos filhos. E as mesmas práticas, continuadas pelos filhos, vão crescendo e perpetuando os maus resultados. A isto se deve, em não pequena escala, a decadência física, mental e moral que se está tornando tão grande causa de alarme. Te 56 4 Os meninos começam a fumar em bem tenra idade. O hábito assim formado, quando o corpo e a mente se acham especialmente susceptíveis aos seus efeitos, mina a resistência física, impede o desenvolvimento do corpo, entorpece a mente e corrompe a moral. -- A Ciência do Bom Viver, 328, 329. Te 56 5 Inícios da intemperança do fumo -- Não há nenhuma solicitação natural para com o fumo por parte da natureza, a não ser herdada. -- Manuscrito 9, 1893. Te 57 1 Mediante o uso de chá e café, é formada a solicitação do fumo. -- Testimonies for the Church 3:563. Te 57 2 A carne muito condimentada e o chá e o café, que certas mães estimulam os filhos a usar, preparam o caminho para eles experimentarem grande desejo de mais fortes estimulantes, como o fumo. O uso do fumo estimula por sua vez o desejo para com as bebidas espirituosas. -- Testimonies for the Church 3:488. Te 57 3 Comidas preparadas com condimentos e especiarias inflamam o estômago, corrompem o sangue e preparam o caminho para estimulantes mais fortes. Isto suscita fraqueza nervosa, impaciência e falta de domínio próprio. Seguem-se o fumo e o copo de vinho. -- The Signs of the Times, 27 de Outubro de 1887. Te 57 4 Vidas são sacrificadas -- O álcool e o fumo corrompem o sangue dos homens, e milhares de vidas são anualmente sacrificadas a esses venenos. -- The Health Reformer, Novembro de 1871. Te 57 5 A natureza faz o máximo que lhe é possível para expelir a droga venenosa que é o fumo; freqüentemente, porém, é sobrepujada. Ela desiste da luta para expelir o intruso, e a vida é sacrificada no conflito. -- Manuscrito 3, 1897. Te 57 6 O uso do fumo é suicídio -- Deus requer pureza de coração, e limpeza pessoal agora, como quando deu as instruções especiais aos filhos de Israel. Se Deus foi tão exigente em recomendar limpeza àqueles que jornadeavam no deserto, que se achavam ao ar livre quase o tempo todo, não demandará menos de nós que vivemos em casas cobertas, onde se observam mais as impurezas, e estas têm influência mais contrária à saúde. O fumo é um veneno da mais enganosa e maligna espécie, tendo efeito excitante, depois paralisante sobre os nervos do corpo. É tanto mais perigoso quanto seus efeitos sobre o organismo são tão lentos e, a princípio, quase imperceptíveis. Multidões têm caído vítimas de sua venenosa influência. Eles se têm certamente matado por esse veneno lento. E perguntamos: Qual será seu despertar na manhã da ressurreição? -- Spiritual Gifts 4:128. Te 58 1 Não há defesa -- A intemperança de toda espécie está prendendo os seres humanos como num torno. Os intoxicados pelo fumo estão aumentando. Que diremos deste mal? É desasseado; é um narcótico; entorpece os sentidos; encadeia a vontade; prende suas vítimas na escravidão dos hábitos difíceis de vencer; tem como advogado a Satanás. Destrói as claras percepções da mente para que o pecado e a corrupção não se distingam da verdade e da santidade. Esse anseio de fumo destrói o próprio fumante. Induz a desejar ardentemente alguma coisa mais forte -- vinhos e outras bebidas fermentadas, todas as quais, são intoxicantes. -- Carta 102a, 1897. ------------------------Capítulo 12 -- A poluidora e desmoralizante influência do fumo Te 58 2 Encontramo-lo em toda parte -- Onde quer que vamos encontramos o adepto do fumo, enfraquecendo tanto a mente como o corpo por sua acariciada satisfação. Têm os homens o direito de privar a seu Criador e ao mundo do serviço que lhes é devido? ... Te 58 3 É um hábito repugnante, contaminador do que o cultiva, e deveras penoso para os outros. Raramente passamos em meio de uma multidão sem que homens soltem baforadas contaminadas em nosso rosto. É desagradável, se não perigoso, permanecer em um vagão de estrada de ferro ou em um aposento em que a atmosfera se ache impregnada das emanações da bebida e do tabaco. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 33, 34. Te 58 4 Ela arruína e mata -- Mulheres e crianças sofrem ao ter de respirar a atmosfera contaminada pelo cachimbo, o cigarro, ou o malcheiroso hálito do fumante. Os que vivem nessa atmosfera estarão sempre doentes. -- Testimonies for the Church 5:440. Te 58 5 Os pulmões da criancinha sofrem, e ficam enfermos pelo inalar a atmosfera de um aposento envenenado pelo bafo poluído do fumante. Muitas crianças ficam envenenadas além da possibilidade de cura por dormirem na cama com pais que usam o fumo. Inalando as venenosas emanações do fumo, expelidas pelos pulmões e poros da pele, o organismo da criança enche-se de veneno. Se bem que ele atue em algumas criancinhas como veneno lento, e afete o cérebro, o coração, o fígado e os pulmões, e elas se consomem e definhem gradualmente, em outras exerce uma influência mais direta, ocasionando espasmos, ataques, paralisia e morte súbita. Te 59 1 Os pais assim privados dos filhos pranteiam a perda dos entes queridos, e cogitam na misteriosa providência de Deus, que tão cruelmente os afligiu, quando a Providência não designava a morte desses pequeninos. Eles morreram mártires da sórdida concupiscência do fumo. Cada exalação dos pulmões do escravo do fumo, envenena o ar que o circunda. -- The Health Reformer, Janeiro de 1872. Te 59 2 Um fator no aumento do crime -- O uso do fumo e da bebida forte tem muito que ver com o aumento da doença e do crime. -- Manuscrito 29, 1886. Te 59 3 O uso da bebida espirituosa ou do fumo destrói os nervos sensitivos do cérebro, e embota as sensibilidades. Sob sua influência, cometem-se crimes que não se perpetrariam, houvesse a mente estado clara e livre da influência de estimulantes ou narcóticos. -- Manuscrito 38, 1905. Te 59 4 Satanás controla a mente paralisada -- Milhares de pessoas estão continuamente vendendo o vigor físico, mental e moral pelo prazer do gosto. Cada faculdade tem sua função distinta, e no entanto são todas interdependentes. E caso o equilíbrio seja cuidadosamente mantido, elas serão conservadas em ação harmoniosa. Nem uma dessas faculdades pode ser avaliada por dólares e centavos. Todavia, por um bom jantar, por álcool ou fumo são elas vendidas. E enquanto paralisadas pela condescendência com o apetite, Satanás controla a mente, e induz a toda espécie de crime e impiedade. -- The Review and Herald, 18 de Março de 1875. Te 59 5 Fumarão as mulheres? -- Deus nos livre de que a mulher se degrade a usar um imundo e embrutecedor narcótico! Quão desagradável o quadro que se pode pintar na imaginação -- uma mulher cujo hálito se acha envenenado pelo fumo! Trememos ao pensar em uma criancinha enlaçando-lhe o pescoço, e comprimindo os lábios frescos, puros, aos lábios dessa mãe, manchados e poluídos pelos repugnantes fluido e cheiro do fumo. Todavia esse quadro só é mais revoltante porque a realidade é mais rara do que a referente ao pai, o senhor da família, contaminando-se com a repulsiva erva. Não admira que vejamos crianças que se desviam do beijo do pai a quem amam, e se o beijam, não o fazem nos lábios, mas na face ou na testa, onde seus lábios puros não se contaminarão. -- The Health Reformer, Setembro de 1877. Te 60 1 Não há outro caminho seguro -- Muitos são, de todos os lados, os assaltos e as tentações para arruinarem as perspectivas dos jovens, tanto quanto a este mundo, quanto ao futuro. Mas não há outro caminho seguro senão viverem jovens e idosos em estrita conformidade com os princípios da lei física e moral. O caminho da obediência é o único a conduzir ao Céu. Os ébrios do álcool e do fumo dariam, por vezes, qualquer soma de dinheiro, se pudessem assim vencer a sede dessas satisfações destruidoras do corpo e da alma. E aqueles que não sujeitam os apetites e paixões ao controle da razão, satisfá-las-ão a custa da obrigação física e moral. -- The Review and Herald, 18 de Março de 1875. Te 60 2 O poder escravizador do fumo -- Fixando no homem o terrível hábito do uso do fumo, é desígnio de Satanás paralisar o cérebro e confundir o entendimento, de modo que as coisas sagradas não possam ser discernidas. Uma vez formado o desejo desse narcótico, apodera-se da mente e da vontade do homem, e este se encontra em servidão ao seu domínio. Satanás tem o controle da vontade, e são eclipsadas as realidades eternas. O homem não se pode apresentar na varonilidade a ele concedida por Deus; é escravo de uma satisfação pervertida. -- Carta 8, 1893. Te 60 3 Os que pretendem que o fumo não lhes faça mal, podem convencer-se de seu engano, privando-se dele por alguns dias; os nervos trêmulos, a cabeça atordoada, a irritação que experimentam, provar-lhes-ão que essa pecaminosa condescendência os ligou em cadeias de servidão. Venceu-lhes a força de vontade. Acham-se escravizados a um vício terrível em seus resultados. -- The Signs of the Times, 27 de Outubro de 1887. Te 61 1 O testemunho dos vencedores -- Enquanto falávamos, pedimos que se erguessem aqueles que haviam sido dados ao fumo, mas que o haviam abandonado por completo em face do esclarecimento recebido mediante a verdade. Em resposta, puseram-se de pé de trinta e cinco a quarenta pessoas, dez ou doze das quais eram mulheres. Convidamos então a levantarem-se aqueles a quem havia sido declarado por médicos que lhes seria fatal deixar o uso do fumo, devido a se acharem tão habituados a seu falso estímulo que não poderiam viver sem ele. Em resposta, oito pessoas, cujos semblantes indicavam saúde de mente e de corpo, puseram-se de pé. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1877. Te 61 2 Advertência contra a presunção -- Pais, adverti vossos filhos contra o pecado de presunção. Ensinai-lhes que é presunção educar o gosto por fumo e bebida alcoólica, ou qualquer outra coisa prejudicial. Ensinai-lhes que seu corpo é propriedade de Deus. Pertence-Lhe pela criação e pela redenção. Eles não se pertencem a si mesmos; pois foram comprados por preço. Ensinai-lhes que o corpo é o templo de Deus, e que não deve ser debilitado, e enfermado pela condescendência com a satisfação de apetites. Te 61 3 O Senhor não criou a doença e a imbecilidade que se vêem agora no corpo e na mente da raça humana. Foi o inimigo que o fez. Ele deseja enfraquecer o físico, sabendo que é o único meio pelo qual a mente e a alma se podem desenvolver para a formação de um caráter simétrico. Os hábitos contrários às leis da Natureza, combatem constantemente contra a alma. Te 62 1 Deus vos chama a fazer uma obra que, por Sua graça, podeis realizar. Quantos corpos sãos existem que possam ser apresentados a Deus em sacrifício aceitável por Ele em Seu serviço? Quantos se estão apresentando na varonilidade e feminilidade a eles dadas por Deus? Quantos podem mostrar pureza de gostos, apetites e hábitos que se possam comparar com os de Daniel? Quantos têm nervos calmos, cérebro claro, juízo equilibrado? -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1900. ------------------------Capítulo 13 -- Contaminar o templo de Deus Te 62 2 Inconveniente, dispendioso, desasseado -- O uso do fumo é um hábito inconveniente, dispendioso, desasseado. Os ensinos de Cristo, apontando a pureza, a abnegação e a temperança, reprovam todos essa prática contaminadora. ... É glorificar a Deus enfraquecer o homem suas faculdades físicas, perturbar o cérebro e sujeitar sua vontade a esse veneno narcótico? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 17, 18. Te 62 3 Olhar através de janelas embaçadas -- O jovem que se acostumou ao uso do fumo, contaminou o homem inteiro. A vontade não mais tem a prontidão e a força que o faziam fidedigno e de valor antes de ele aceitar o veneno do inimigo. ... Sua mente não necessitava decair. Ele não precisava haver perdido a inspiração que de Deus provém. Quando, todavia, o instrumento humano opera em perfeita harmonia com o destruidor, debilitando nervos e músculos, fluidos e sólidos de toda a estrutura humana, está embotando o maquinismo por intermédio do qual trabalha o intelecto. Está embaciando as janelas através das quais ele olha. Vê tudo sob um aspecto desfigurado. -- Manuscrito 17, 1898. Te 62 4 Incenso a sua majestade satânica -- Quando vejo homens que pretendem fruir as bênçãos da inteira santificação, ao passo que são escravos do fumo, cuspindo e contaminando tudo ao seu redor, penso: Como pareceria o Céu com fumantes lá dentro? Os lábios que proferissem o precioso nome de Cristo estariam contaminados pela saliva do fumo, o hálito poluído com o mau cheiro, e as próprias roupas internas contaminadas; a alma que amasse esse desasseio e fruísse essa atmosfera envenenada estaria por sua vez contaminada. Haveria no exterior o sinal testificando do que ia por dentro. Te 63 1 Homens que professam piedade oferecem seu corpo sobre o altar de Satanás, e queimam o incenso do fumo a sua majestade satânica. Parece acaso severa esta declaração? A oferta deve ser feita a alguma divindade. Como Deus é puro e santo e não aceitará coisa alguma de caráter contaminador, rejeita esse dispendioso, desasseado e profano sacrifício; concluímos, portanto que é Satanás quem reclama a honra. -- Conselhos Sobre Saúde, 83. Te 63 2 Cachimbo versus céu -- Tenho visto muito exemplo do poder desses hábitos. Uma mulher que eu conhecia, foi aconselhada por seu médico a fumar como remédio para asma. Segundo todas as aparências, ela havia sido zelosa cristã por muitos anos, mas ficou tão apegada ao fumo que, ao ser insistentemente solicitada a abandonar isto como um hábito nocivo à saúde e poluidor, recusou-se terminantemente. Disse: "Quando me vier claramente ao entendimento, que devo abandonar o cachimbo ou perder o Céu, então direi 'Adeus, Céu'; não posso deixar meu cachimbo." Essa mulher apenas exprimiu por palavras aquilo que muitos declaram por suas ações. Deus, o Criador do céu e da Terra, Aquele que criou o homem e reclama o coração inteiro, todas as afeições, é subordinado ao desagradável, contaminador flagelo que é o fumo. -- Carta 8, 1893. Te 63 3 Que Cristo seja rejeitado por causa dessas satisfações destruidoras da alma e do corpo, faz pasmar o Universo não caído. -- Carta 8, 1893. Te 63 4 Obscurece a apreciação da expiação e das coisas eternas -- Quando seguimos no comer e beber uma direção que diminui o vigor físico e mental, ou nos tornamos presa de hábitos que tendem aos mesmos resultados, desonramos a Deus, pois O privamos do serviço que Ele de nós reclama. Os que adquirem o antinatural desejo de fumar e com ele condescendem, fazem-no à custa da saúde. Estão destruindo energia nervosa, diminuindo a força vital, e sacrificando a resistência da mente. Te 64 1 Os que professam ser seguidores de Cristo, e todavia têm à porta esse terrível pecado, não podem ter elevado apreço pela expiação e alta estima das coisas eternas. Mentes nubladas e parcialmente paralisadas por narcóticos, são facilmente vencidas pela tentação, e não podem fruir comunhão com Deus. -- The Signs of the Times, 6 de Janeiro de 1876. Te 64 2 Se Cristo e os apóstolos estivessem aqui -- Diz Tiago que a sabedoria que do alto vem é "primeiramente, pura". Houvesse ele visto seus irmãos usando fumo, não haveria denunciado esse costume como terreno, animal e diabólico? -- Santificação, 24. Te 64 3 Estivesse Pedro na Terra hoje, e exortaria os professos seguidores de Cristo a se absterem das concupiscências carnais que combatem contra a alma. E Paulo chamaria as igrejas em geral a se purificarem de toda a imundície da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. E Cristo expulsaria do templo os que se acham contaminados pelo uso do fumo, poluindo o santuário de Deus por seu hálito de fumantes. Diria a esses adoradores, como o fez aos judeus: "Não está escrito -- a Minha casa será chamada por todas as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões." Nós diríamos a tais pessoas: Vossas ofertas profanas de pedaços de fumo expelidos, contaminam o templo, e são aborrecíveis a Deus. Vosso culto não é aceitável, pois vosso corpo, que devia ser o templo do Espírito Santo, está contaminado. Roubais também ao tesouro de Deus milhares de dólares mediante a satisfação de desejos não naturais. -- The Signs of the Times, 13 de Agosto de 1874. Te 64 4 Sacerdotes que usassem fumo seriam mortos -- Aos sacerdotes que ministravam nas coisas sagradas, era ordenado lavar os pés e as mãos antes de entrarem no tabernáculo, à presença de Deus, a fim de rogar em favor de Israel, de modo a não profanar o santuário. Caso os sacerdotes houvessem entrado no santuário com a boca poluída com o fumo, haveriam partilhado da sorte de Nadabe e Abiú. E todavia professos cristãos se ajoelham diante de Deus em família para orar, tendo a boca manchada com a imundície do fumo. ... Te 65 1 Purificai-vos -- Homens que foram separados pela imposição das mãos, para ministrar nas coisas sagradas, erguem-se muitas vezes no púlpito com a boca poluída, os lábios manchados e o hálito infeccionado pela contaminação do fumo. Eles falam ao povo em lugar de Cristo. Como pode tal serviço ser aceitável a um Deus santo, que requeria dos sacerdotes de Israel fazerem preparativos tão especiais antes de entrarem à Sua presença, para que Sua sagrada santidade não os consumisse por desonrá-Lo, como no caso de Nadabe e Abiú? Te 65 2 Esses podem estar certos de que o poderoso Deus de Israel ainda é um Deus de pureza. Eles professam estar servindo a Deus enquanto cometem idolatria fazendo de seu apetite um deus. O fumo é seu ídolo acariciado. A ele se precisa curvar toda consideração elevada e santa. Professam estar adorando a Deus, enquanto estão ao mesmo tempo transgredindo o primeiro mandamento. Têm outros deuses diante do Senhor. "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." -- Spiritual Gifts 4:127, 128. Te 65 3 Ele não contaminará o templo de Deus -- Deus deseja que todos quantos nEle crêem sintam a necessidade de aperfeiçoamento. Toda faculdade a eles confiada deve ser ampliada. Nem um dom deve ser posto de lado. Como lavoura de Deus e edifício Seu, o homem se acha sob Sua supervisão em todo sentido da palavra, e quanto mais ele se relacionar com seu Criador, tanto mais sagrada será aos seus olhos a própria vida. Ele não porá fumo nos lábios, sabendo que isto profana o templo de Deus. Não tomará vinho ou bebida alcoólica, pois, da mesma maneira que o fumo, isto degrada todo o ser. -- Manuscrito 130, 1899. ------------------------Capítulo 14 -- Desperdício econômico Te 66 1 O dinheiro de Deus esbanjado -- O amor do fumo é uma concupiscência em luta. São assim esbanjados meios que ajudariam na boa obra de vestir os nus, alimentar os famintos e enviar a verdade a pobres almas longe de Cristo. Que registro aparecerá quando as contas da vida forem postas em balanço nos livros de Deus! Ver-se-á então que vastas somas de dinheiro foram gastas para o fumo e as bebidas alcoólicas! Para quê? Assegurar a saúde e prolongar a vida? Oh, não! Para ajudar no aperfeiçoamento do caráter cristão e na adaptação para a sociedade dos anjos? Oh, não! Mas para servir a um desejo depravado, antinatural, daquilo que envenena e mata não só ao que o usa, mas àqueles a quem ele transmite seu legado de doença e imbecilidade. -- The Signs of the Times, 27 de Outubro de 1887. Te 66 2 Todos hão de dar contas -- Milhões de dólares são gastos em estimulantes e narcóticos. Todo esse dinheiro pertence de direito a Deus, e os que assim empregam mal os bens que lhes são confiados por Ele hão de um dia ser chamados a prestar contas da maneira por que usaram o que pertencia a seu Senhor. -- Carta 243a, 1905. Te 66 3 Os fumantes devem olhar a seu registro -- Tendes vós considerado vossas responsabilidades como mordomos de Deus quanto aos meios colocados em vossas mãos? Quanto do dinheiro do Senhor empregais vós em fumo? Somai o que tendes assim gasto durante toda a vossa vida. Qual é o termo de comparação entre o que consumistes com esta contaminadora concupiscência e aquilo que tendes dado para alívio dos pobres e a disseminação do Evangelho? Te 66 4 Nenhuma criatura humana necessita de fumo, mas há multidões perecendo por falta dos meios que, empregados como são, fazem mais mal do que se fossem desperdiçados. Não tendes estado a empregar mal os bens do Senhor? Não tendes sido culpados de roubo para com Deus e vossos semelhantes? Não sabeis que "não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. -- A Ciência do Bom Viver, 330. Te 67 1 O desejo versus afeições naturais e direitos de Deus -- Os que são escravos do fumo verão sua família sofrendo falta das coisas necessárias à vida, do alimento, e todavia eles não têm força de vontade para deixar seu fumo. Os clamores do ardente desejo dominam as afeições naturais. O desejo, que eles têm em comum com os irracionais, domina-os. A causa do cristianismo, e mesmo da humanidade, não seria de maneira alguma atendida, se dependesse de pessoas dadas ao hábito do fumo e da bebida alcoólica. Se seus recursos só dessem para ser usados em um sentido, o tesouro do Senhor não seria abastecido, mas eles teriam seu fumo e sua bebida. Os idólatras do fumo não sacrificarão seu desejo por amor da causa de Deus. -- The Review and Herald, 8 de Setembro de 1874. Te 67 2 Tomando a frente na abnegação, no sacrifício e na temperança -- O homem que se tornou propriedade de Jesus Cristo, e cujo corpo é templo do Espírito Santo, não será escravizado pelo pernicioso hábito de fumar. Suas faculdades pertencem a Cristo, que o comprou a preço do próprio sangue. Sua propriedade é do Senhor. Como pode ele então ficar sem culpa se despender cada dia o capital a ele confiado pelo Senhor para satisfazer um desejo não fundamentado em nossa natureza? Te 67 3 Enorme quantia é esbanjada anualmente com esta satisfação, enquanto almas perecem à falta da Palavra da vida. Cristãos professos roubam a Deus em dízimos e ofertas, ao passo que oferecem sobre o altar da concupiscência destruidora, no uso do fumo, mais do que dão para aliviar os pobres ou prover as necessidades da causa de Deus. Os que se acham verdadeiramente santificados, vencerão toda concupiscência nociva. Então todas essas correntes de despesas desnecessárias serão canalizadas para o tesouro do Senhor, e os cristãos irão pôr-se à frente na abnegação, no sacrifício e na temperança. Serão aí a luz do mundo. -- Santificação, 24, 25. ------------------------Capítulo 15 -- O poder do exemplo Te 68 1 Os mais velhos dão o exemplo -- Quantas vezes vemos meninos de seus oito anos fumando! Se lhes falamos a esse respeito, dizem: "Meu pai fuma, e se lhe faz bem, vai me fazer bem a mim." Apontam o ministro ou o superintendente da escola dominical, e dizem: "Se homens bons como esses fumam, certamente eu posso fumar." Como podemos esperar coisa diferente das crianças, com suas tendências herdadas, quando os de mais idade lhes dão tal exemplo? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 18. Te 68 2 Popularidade do hábito do fumo -- Tão poderoso é o hábito, uma vez formado, que o fumar se torna popular. É dado aos mais novos um exemplo de pecado, a eles cuja mente não devia ser prejudicada com qualquer pensamento de que o uso de narcóticos não seja nocivo. Não lhes são mostrados os efeitos prejudiciais do uso do fumo nas faculdades físicas, mentais e morais. ... Te 68 3 Se um seguidor de Cristo se deixa levar ao erro por influência de outros, e se conforma com a dissipação em voga no mundo, acha-se sob o domínio de Satanás, e seu pecado é ainda maior do que o dos declarados incrédulos -- os ímpios -- porquanto se acha colocado sob bandeira falsa. Sua vida é incoerente; sendo professadamente cristão, está, na prática cedendo a não naturais e pecaminosas propensões que combatem contra a purificação e elevação necessárias à superioridade espiritual. ... Te 68 4 Conformando-se com o hábito, estão na prática em harmonia com o mundo. Todos esses, que se dizem cristãos, não têm o direito de tomar esse nome; pois cristão é alguém que se assemelha a Cristo. Quando se assentar o juízo e todos forem julgados segundo as obras feitas no corpo, eles saberão que representaram mal a Cristo na vida prática, e não se tornaram um cheiro de vida para vida, mas de morte para morte. Em companhia deles estará numeroso grupo que se conformou às práticas da concupiscência; o número, porém, não desculpará sua iniqüidade, nem diminuirá sua condenação por destruir a resistência dos nervos cerebrais e a saúde física. Todos serão julgados individualmente. Achar-se-ão perante Deus para ouvir sua sentença. -- Manuscrito 123, 1901. Te 69 1 Clérigos fumantes -- Quantos há que ministram no sagrado púlpito, em lugar de Cristo, e rogam aos homens que se reconciliem com Deus, e exaltam o evangelho da liberdade, os quais são, eles próprios, escravos do apetite, e se acham contaminados pelo fumo. Estão dia a dia enfraquecendo a energia do nervo cerebral pelo uso de um sujo narcótico. E esses homens professam ser embaixadores do santo Jesus. -- The Health Reformer, Dezembro de 1871. Te 69 2 Homem algum pode ser verdadeiro ministro da justiça e achar-se todavia sob a inspiração de apetites sensuais. Não pode condescender com o hábito de fumar, e ganhar ao mesmo tempo almas para a plataforma da verdadeira temperança. A nuvem de fumo que sai de seus lábios não exerce efeito salutar sobre os que tomam bebidas alcoólicas. O sermão evangélico precisa provir de lábios não contaminados pela fumaça do fumo. Com lábios limpos, puros devem os servos de Deus contar os triunfos da cruz. O costume de usar bebidas intoxicantes, fumo, chá e café precisa ser vencido pelo poder transformador de Deus. Não entrará no reino de Deus coisa alguma que contamine. -- Manuscrito 86, 1897. Te 69 3 Quando os clérigos lançam, sua influência e exemplo do lado desse hábito prejudicial, que esperança há para os jovens? Cumpre-nos erguer mais e mais alto a norma da temperança. Cumpre-nos dar testemunho claro e decidido contra o uso de bebidas intoxicantes e do fumo. -- Manuscrito 82, 1900. Te 69 4 O Médico fumante -- Buscam os cuidados do médico muitos que se estão arruinando, alma e corpo, pelo uso do fumo ou de bebidas intoxicantes. O médico fiel às suas responsabilidades, deve indicar a estes pacientes a causa de seus sofrimentos. Se ele próprio, porém, é fumante ou dado a tóxicos, que peso terão suas palavras? Com a consciência de condescender ele mesmo com isso, não hesitará em apontar o lugar da infecção na vida do doente? Enquanto ele próprio usar essas coisas, como poderá convencer o jovem de seus efeitos prejudiciais? Te 70 1 Como pode um médico ocupar na coletividade o lugar de um exemplo de pureza e de governo de si mesmo, como pode ser um eficiente obreiro da causa da temperança, enquanto ele próprio está condescendendo com um hábito vil? Como poderá ministrar de maneira aceitável ao pé do enfermo e do moribundo, quando seu próprio hálito é repugnante, impregnado do cheiro da bebida e do fumo? Te 70 2 Enquanto põe seus nervos em desordem e nubla o cérebro com um uso de venenos narcóticos, como pode uma pessoa ser fiel à confiança nele posta como um médico competente? Como lhe é possível discernir prontamente ou executar com precisão! Te 70 3 Se ele não observa as leis que regem seu próprio ser, se prefere a satisfação egoísta à sanidade mental e física, não se declara por esta forma inapto para que se lhe confie a responsabilidade de vidas humanas? -- A Ciência do Bom Viver, 133, 134. Te 70 4 Pai inabilitado para as responsabilidades paternas -- Pais, as áureas horas que podíeis empregar em adquirir cabal conhecimento do temperamento e do caráter de vossos filhos, e quanto ao método melhor de lidar com sua mente juvenil, são preciosas demais para serem desperdiçadas no pernicioso hábito de fumar ou demorar-vos ao redor do bar. Te 70 5 A condescendência com esse venenoso estimulante inabilita o pai para criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. As direções dadas por Deus aos filhos de Israel, eram que os pais deviam ensinar a seus filhos os estatutos e preceitos de Sua lei, quando se levantassem e quando se sentassem, quando saíssem, e quando entrassem. Te 70 6 Este mandamento de Deus é bem pouco atendido; pois Satanás, por suas tentações, tem acorrentado muitos pais na escravidão de hábitos grosseiros, e de nocivos apetites. Suas faculdades físicas, mentais e morais são tão paralisadas por esses meios que lhes é impossível cumprir seu dever para com a própria família. Sua mente se encontra tão embrutecida pelas influências entorpecedoras do fumo ou da bebida alcoólica, que não avaliam suas responsabilidades de educar os filhos de maneira que tenham força moral para resistir à tentação, controlar o apetite, colocar-se ao lado do direito, não serem influenciados para o mal, mas exercerem vigorosa influência para o bem. Te 71 1 Pela pecaminosa condescendência com o apetite pervertido, pais se colocam muitas vezes numa condição de instabilidade nervosa ou exaustão, na qual são incapazes de discernir entre o direito e o erro, governar seus filhos sabiamente, e julgar corretamente seus motivos e ações. Acham-se em perigo de aumentar pequenas coisas a dimensões de montanhas em sua imaginação, enquanto passam por alto pecados graves. O pai que se tornou escravo de apetites anormais, que sacrificou a varonilidade que lhe foi dada por Deus para tornar-se viciado no fumo, não pode ensinar seus filhos a controlar o apetite e a paixão. É-lhe assim impossível educá-los por preceito ou por exemplo. Como pode o pai cuja boca está cheia de fumo, cujo hálito envenena a atmosfera doméstica, ensinar a seus filhos lições de temperança e domínio próprio? ... Te 71 2 Tornado responsável pelo exemplo e a influência -- Quando nos aproximamos dos jovens que estão adquirindo o hábito de fumar, e falamos-lhes da perniciosa influência do mesmo sobre o organismo, eles com freqüência se defendem citando o exemplo de seus pais, ou o de determinados ministros cristãos ou bons e piedosos membros da igreja. Dizem: "Se isso não lhes faz mal, por certo que não me fará a mim." Que contas terão professos cristãos de dar a Deus por sua intemperança! Seu exemplo robustece as tentações de Satanás para perverter os sentidos dos jovens pelo uso de estimulantes artificiais; não lhes parece coisa muito má fazer aquilo que membros respeitáveis da igreja fazem habitualmente. Há, porém, apenas um passo do uso do fumo para a bebida alcoólica; com efeito, os dois vícios em geral andam juntos. Te 72 1 Milhares de pessoas aprendem a beber por influências assim. Não raro, a lição foi ensinada, inconscientemente, por seus próprios pais. Importa haver radical mudança nos chefes de família antes de poder-se fazer muito progresso no livrar a sociedade do monstro da intemperança. -- The Health Reformer, Setembro de 1877. Te 72 2 O fumante não é auxílio aos ébrios -- Males gêmeos, o fumo e o álcool andam juntos. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. Te 72 3 Os fumantes pouco apelo podem fazer aos ébrios. Dois terços dos bêbados de nossa terra desenvolveram a sede da bebida alcoólica em virtude do fumo. -- The Signs of the Times, 27 de Outubro de 1887. Te 72 4 Os fumantes na obra da temperança -- Os fumantes não podem ser aceitos como obreiros na causa da temperança, pois não há coerência em sua profissão de serem homens temperantes. Como falarão eles ao homem que está destruindo a razão e a vida pelo hábito da bebida alcoólica, quando têm os bolsos cheios de cigarros, e anseiam estar livres para mascar e fumar e cuspir à vontade? Como podem eles ter qualquer grau de coerência ao apelar em favor de uma reforma moral diante de comissões pró-saúde e de plataformas de temperança, enquanto eles próprios se encontram sob o estímulo do fumo? Se eles hão de ter força para influenciar o povo a vencer o amor pelos estimulantes, suas palavras precisam vir com hálito puro e de lábios limpos. -- Testimonies for the Church 5:441. Te 72 5 Que poder o adepto do fumo pode ter para barrar o progresso da intemperança? Importa haver uma revolução quanto ao assunto do fumo antes de poder-se deitar o machado à raiz da árvore. Chá, café, fumo, da mesma maneira que bebidas alcoólicas, são graus diversos na escala dos estimulantes artificiais. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 34. ------------------------Capítulo 16 -- Abster-se das concupiscências carnais Te 73 1 Há sempre uma reação -- Sob a denominação de estimulantes e narcóticos se acha classificada grande variedade de artigos que, conquanto usados como comida ou bebida, irritam o estômago, envenenam o sangue e excitam os nervos. Seu uso é um positivo mal. Muitos procuram a excitação dos estimulantes porque, no momento, são aprazíveis os resultados. Há sempre, porém, uma reação. O uso de estimulantes não naturais tende sempre ao excesso, sendo agente ativo em promover a degeneração e a ruína. -- A Ciência do Bom Viver, 325. Te 73 2 A toda-abrangente advertência de Pedro -- "Abstende-vos das concupiscências da carne, que combatem contra a alma", é a linguagem do apóstolo Pedro. Muitos admitem esta advertência como aplicando-se apenas aos licenciosos; mas ela tem significado mais amplo; guarda contra toda satisfação danosa do apetite ou das paixões. É uma advertência muito vigorosa contra o uso de estimulantes e narcóticos tais como chá, café, fumo, álcool e morfina. A tolerância para com isto pode muito bem ser classificada entre as concupiscências que exercem perniciosa influência sobre o caráter. Quanto mais cedo são esses hábitos formados, mais firmemente eles mantêm suas vítimas na escravidão da luxúria e mais seguramente rebaixarão eles a norma de espiritualidade. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 62, 63. Te 73 3 Diminui a atividade física e mental -- Não sejais nunca seduzidos a condescender com o uso de estimulantes: pois isto redundará não somente em reação e perda de forças físicas, mas em intelecto obscurecido. -- Testimonies for the Church 4:214. Te 74 1 Energia vital é comunicada à mente por meio do cérebro; portanto esse cérebro nunca deverá ser embotado pelo uso de narcóticos ou excitado pelo uso de estimulantes. Cérebro, ossos e músculos devem ser levados a uma ação harmônica, para que todos trabalhem como máquinas bem reguladas, cada parte operando em harmonia, nenhuma delas sendo sobrecarregada. -- Carta 100, 1898. Te 74 2 Quando aqueles que estão habituados a usar chá, café, fumo, ópio, ou bebidas espirituosas, são privados da satisfação costumeira, acham impossível empenhar-se com interesse e zelo no culto de Deus. A graça divina se afigura destituída de poder para vivificar ou espiritualizar suas orações ou seus testemunhos. Esses professos cristãos devem considerar a fonte de sua fruição. É ela de cima, ou de baixo? -- Santificação, 25. Te 74 3 Não é argumento a idade avançada de alguns -- Os que usam chá, café, ópio e álcool, talvez vivam por vezes até idade avançada, mas isso não é argumento em favor do uso desses estimulantes. O que essas pessoas poderiam haver realizado, mas que deixaram de fazer em razão de seus hábitos intemperantes, só o grande dia de Deus revelará. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 35. Te 74 4 Nem todos são igualmente tentados -- Alguns olham com horror os homens que foram vencidos pela bebida espirituosa, e são vistos hesitando e cambaleando na rua, ao passo que eles próprios estão satisfazendo o apetite no que respeita a coisas diferentes, em sua natureza, da bebida alcoólica, mas que prejudicam a saúde, afetam o cérebro, e destroem seu elevado senso das coisas espirituais. O bebedor de alcoólicos tem sede de bebida forte, à qual ele satisfaz, ao passo que o outro não tem desejo de bebidas intoxicantes a restringir, mas deseja alguma outra satisfação, nociva, e não exerce mais abnegação do que o ébrio. -- Spiritual Gifts 4:125. Te 75 1 A satânica falsificação da árvore da vida -- De princípio a fim, o crime de usar tabaco, ópio e drogas medicinais, tem sua origem em conhecimento pervertido. É mediante apanhar e comer de frutos venenosos, mediante a complicação de nomes que o povo comum não compreende, que milhares e dezenas de milhares de vidas se perdem. Esse grande conhecimento, suposto tão maravilhoso pelos homens, não era intenção de Deus que o homem tivesse. Eles estão usando os venenosos produtos que o próprio Satanás plantou para tomarem o lugar da árvore da vida, cujas folhas são para saúde das nações. Os homens estão lidando com bebidas espirituosas e narcóticos que estão destruindo a família humana. -- Manuscrito 119, 1898. ------------------------Capítulo 17 -- Chá e café Te 75 2 O regime e as bebidas estimulantes desta época não são conducentes ao melhor estado de saúde. Chá, café e fumo são todos estimulantes, e contêm venenos. São, não somente desnecessários, mas nocivos, e devem ser rejeitados, caso queiramos acrescentar ao conhecimento, a temperança. -- The Review and Herald, 21 de Fevereiro de 1888. Te 75 3 Estimulantes, não alimentos -- O chá e o café não nutrem o organismo. O alívio deles obtido é súbito, antes de o estômago ter tempo de os digerir. Isto indica que aquilo que adeptos desses estimulantes chamam energia, é recebido unicamente mediante excitação dos nervos estomacais, que transmitem a irritação ao cérebro, o qual é por sua vez despertado para comunicar acrescida atividade ao coração, e passageira energia a todo o organismo. Tudo isto é falso vigor, que nos deixa pior. Eles não comunicam uma partícula de energia natural. -- Testemunhos Seletos 1:197. Te 75 4 A saúde de modo algum é melhorada pelo uso desses artigos que estimulam temporariamente, mas depois causam uma reação que deixa o organismo mais abatido que antes. Chá e café excitam por algum tempo as energias descaídas, mas passada sua influência imediata, resulta uma sensação de depressão. Essas bebidas não têm absolutamente nenhum alimento em si mesmas. O leite e açúcar que contêm, constituem todo o alimento proporcionado por uma xícara de chá ou café. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 425. Te 76 1 Devido a esses estimulantes produzirem no momento resultados tão agradáveis, muitos concluem que necessitam realmente deles, e continuam a usá-los. Há, porém, sempre uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevidamente excitado, tomou emprestada energia para o uso presente, de seus futuros recursos de força. -- Testimonies for the Church 3:487. Te 76 2 O que faz o chá -- O chá... entra na circulação e desequilibra gradualmente a energia física e mental. Ele estimula, excita, e aviva o movimento do maquinismo vivo, forçando-o a uma ação fora do natural, e dá assim ao que o toma a impressão de que lhe está prestando grande serviço, comunicando-lhe vigor. Isto é um engano. Te 76 3 O chá tira a resistência dos nervos e deixa-os grandemente enfraquecidos. Uma vez dissipada sua influência, e abatida a aumentada ação produzida por seu uso, qual é então o resultado? Langor e debilidade correspondentes à vivacidade artificial que o chá comunicara. Te 76 4 Quando o organismo já se encontra sobrecarregado e necessita repouso, o chá esporeia a natureza mediante estímulo para efetuar ação desusada, fora do natural, diminuindo-lhe assim a capacidade de realização e de resistência; e suas forças se exaurem antes do tempo que o Céu designava que o fizessem. O chá é venenoso para o organismo. Os cristãos devem deixá-lo em paz. ... O segundo efeito do chá é dor de cabeça, insônia, palpitações do coração, má digestão, tremor dos nervos, e muitos outros males. -- Testimonies for the Church 2:64, 65. Te 76 5 Café mais prejudicial ainda -- A influência do café é em certo grau a mesma que a do chá, mas o efeito sobre o organismo é ainda pior. Sua influência é excitante, e justamente no grau em que ela se eleva acima do nível natural, causará exaustão e prostrará abaixo do natural. Os bebedores de chá e café têm estampado no rosto os sinais. ... Não se vê no semblante o viço da saúde. -- Testimonies for the Church 2:64, 65. Te 77 1 O café é uma satisfação prejudicial. Excita temporariamente o intelecto, ... mas o efeito posterior é exaustão, prostração, paralisia das energias mentais, morais e físicas. A mente debilita-se, e a não ser que mediante determinado esforço seja vencido o hábito, a atividade cerebral fica permanentemente diminuída. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 34. Te 77 2 Efeitos de todas as bebidas que contêm cafeína -- A ação do café, e de muitas outras bebidas populares, é idêntica. O primeiro efeito é estimulante. São excitados os nervos do estômago; estes comunicam irritação ao cérebro, o qual, por sua vez, desperta para transmitir aumento de atividade ao coração, e uma fugaz energia a todo o organismo. Esquece-se a fadiga; parece aumentar a força. Desperta o intelecto, torna-se mais viva a imaginação. -- A Ciência do Bom Viver, 326. Te 77 3 Por essa contínua direção de satisfazer o apetite, o natural vigor da constituição se torna gradual e imperceptivelmente prejudicado. Caso queiramos conservar a ação sadia de todas as faculdades do organismo, a natureza não deve ser forçada a uma ação antinatural. A natureza se manterá em seu posto de dever, e fará sábia e eficientemente seu trabalho, uma vez que os falsos esteios que foram introduzidos para lhe tomar o lugar sejam retirados. -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1887. Te 77 4 Causa de tempo perdido em razão de doença -- Muitas pessoas que se acostumaram ao uso de bebidas estimulantes, sofrem de dores de cabeça e prostração nervosa, e perdem muito tempo devido a doenças. Imaginam que não podem viver sem o estímulo, e são ignorantes de seus efeitos sobre a saúde. O que o torna mais perigoso é que seus maus efeitos são com freqüência atribuídos a outras causas. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 35. Te 78 1 Bebidas que formam hábito -- Chá e café nem são necessários nem saudáveis. Não são de utilidade alguma no que se refere à saúde do corpo. Mas a repetição no uso dessas coisas torna-se hábito. -- Manuscrito 86, 1897. Te 78 2 Produzido forte desejo fora do natural -- O uso continuado desses irritantes nervosos é seguido de dores de cabeça, insônia, palpitação, indigestão, tremores, e muitos outros males; pois eles gastam a força vital. Os nervos fatigados necessitam repouso e quietação em lugar de estimulantes e superatividade. A natureza necessita de tempo para recuperar as exaustas energias. Quando suas forças são aguilhoadas pelo uso de estimulantes, conseguir-se-á mais durante algum tempo; mas, à medida que o organismo se enfraquece mediante o uso contínuo, torna-se gradualmente mais difícil erguer as energias ao desejado nível. A exigência de estimulantes se torna cada vez mais difícil de controlar, até que a vontade é vencida, parecendo não haver poder capaz de negar a satisfação do forte apetite contrário à natureza. São reclamados estimulantes mais fortes e ainda mais fortes, até que a natureza exausta já não pode corresponder. -- A Ciência do Bom Viver, 326, 327. Te 78 3 Preparam o organismo para enfermidade -- São esses nocivos estimulantes que estão certamente minando a constituição e preparando o organismo para doenças agudas mediante o desarranjo do fino maquinismo da natureza, e demolindo-lhe as fortificações erigidas contra a enfermidade e a decadência prematura. -- Testimonies for the Church 1:548, 549. Te 78 4 Todo o organismo sofre -- Todo o organismo sofre com o uso de estimulantes. Os nervos ficam desequilibrados, o fígado mórbido em sua ação, afetadas a qualidade e a circulação do sangue, e a pele se torna inativa e descorada. Também a mente é prejudicada. O efeito imediato desses estimulantes é excitar o cérebro a indevida atividade, só para deixá-lo mais fraco e menos capaz de exercitar-se. O efeito posterior é prostração, não só mental e física, mas também moral. Em resultado, vemos homens e mulheres nervosos, de discernimento incorreto e mentes desequilibradas. Manifestam muitas vezes espírito precipitado, impaciente, acusador, vendo as faltas dos outros como por vidro de aumento, e inteiramente incapazes de discernir os próprios defeitos. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 35, 36. Te 79 1 Solta-se a língua -- Quando esses consumidores de chá e café se reúnem para entretenimento social, os efeitos de seu pernicioso hábito são manifestos. Todos participam liberalmente das bebidas de sua predileção, e ao fazerem-se sentir os efeitos estimulantes, solta-se a língua, e eles começam a má obra de falar mal de outros. Suas palavras não são poucas nem bem escolhidas. Os petiscos de maledicência são passados ao redor; demasiadas vezes o veneno do escândalo também. Esses irrefletidos tagarelas se esquecem que têm uma testemunha. Invisível Observador está a escrever-lhes as palavras nos livros do Céu. Toda essa crítica maldosa, todos esses exagerados relatórios, esses sentimentos de inveja expressos sob a excitação da taça de chá, registra-os Jesus como sendo contra Ele próprio. "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 36. Te 79 2 Desperdício econômico -- O dinheiro gasto em chá e café é pior que desperdiçado. Aos que o tomam, eles só fazem mal, e isto continuamente. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 35. Te 79 3 Narcóticos destruidores -- E todos devem dar claro testemunho contra chá e café não os usando nunca. São narcóticos, igualmente nocivos ao cérebro e aos outros órgãos do corpo. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 430. Te 79 4 Destrói o templo de Deus -- O ébrio vende sua razão por um copo de veneno. Satanás toma posse de sua razão, afeições e consciência. Tal homem está destruindo o templo de Deus. O beber chá ajuda a fazer essa obra. Todavia quantos há que põem esses instrumentos destrutivos em sua mesa, sufocando assim os atributos divinos. -- Manuscrito 130, 1899. Te 80 1 Inimigos da vida espiritual -- Tomar chá e café é pecado, condescendência prejudicial, que, como outros males, causa dano à alma. Esses diletos ídolos criam excitação, ação mórbida do sistema nervoso. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 425. Te 80 2 Aqueles que satisfazem um apetite pervertido, fazem-no para prejuízo da saúde e do intelecto. Não sabem apreciar o valor das coisas espirituais. Têm embotadas as sensibilidades, e o pecado não parece muito maligno, e a verdade não é considerada de maior valor que o tesouro terreno. -- Spiritual Gifts 4:129. Te 80 3 Menos susceptíveis à influência do Espírito Santo -- A um consumidor de estimulantes, tudo parece insípido sem a querida satisfação. Isto amortece as sensibilidades naturais tanto do corpo como da mente e torna-o menos susceptível à influência do Espírito Santo. Na ausência do estimulante habitual, ele experimenta uma sede de corpo e de alma, não quanto à justiça, não quanto à santidade, não quanto à presença de Deus, mas de seu acariciado ídolo. Na satisfação de nocivas concupiscências, cristãos professos estão diariamente enfraquecendo suas faculdades, tornando impossível glorificar a Deus. -- Santificação, 25. Te 80 4 Fomenta desejo de estimulantes mais fortes -- Pelo uso do chá e do café, suscita-se o desejo do fumo, e este estimula a sede de bebidas alcoólicas. -- Testimonies for the Church 3:563. Te 80 5 Alguns têm voltado atrás -- Alguns têm voltado atrás e condescendido com chá e café. Os que violam as leis da saúde ficarão mentalmente cegos e transgredirão a lei de Deus. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1884. Te 80 6 O povo de Deus precisa vencer -- Os que têm recebido instruções acerca dos males do uso de alimentos cárneos, chá e café, e preparos suculentos e indigestos de alimentos, e estão determinados a fazer um concerto com Deus mediante sacrifício, não continuarão a condescender com seu apetite em relação a alimento que sabem ser prejudicial à saúde. Deus requer que o apetite seja purificado, e exerça-se abnegação relativamente a essas coisas que não são boas. Esta é uma obra que necessita ser feita antes de o povo comparecer perante Ele como um povo perfeito. -- Testimonies for the Church 9:153, 154. Te 81 1 Decidida perseverança trará vitória -- Os que usam esses venenos lentos, da mesma maneira que o fumante, pensam que não podem viver sem eles, porque se sentem muito mal quando não têm esses ídolos. Te 81 2 O motivo por que sofrem ao deixar de usar esses estimulantes, é o haverem estado a violar a natureza em sua obra de conservar todo o organismo em harmonia e saúde. Essas pessoas serão perturbadas com tonturas, dores de cabeça, embotamento, nervosismo, irritabilidade. Sentem como se fossem sofrer um colapso nervoso, e alguns não têm a coragem de perseverar em abster-se deles até que a natureza de que abusaram se recupere, mas recorrem novamente ao uso das mesmas satisfações nocivas. Não dão à natureza tempo para recuperar-se dos danos sofridos, mas para momentâneo alívio voltam a estas nocivas satisfações. A natureza está a enfraquecer-se continuamente, e mais incapaz de restauração. Se, porém, eles forem determinados em seus esforços para perseverar e vencer, a maltratada natureza em breve se recomporá e efetuará sabiamente e bem sua obra sem estimulantes. -- Spiritual Gifts 4:128, 129. Te 81 3 Em alguns casos é tão difícil romper esse hábito do chá e do café como é para o ébrio abandonar a bebida intoxicante. -- Conselhos Sobre Saúde, 442. Te 81 4 Um compromisso abrangendo chá e café -- Todos esses irritantes nervosos estão esgotando as forças vitais; e o desassossego, a impaciência, a fraqueza mental causados por nervos em frangalhos, tornam-se elementos em conflito, sempre operando contra o progresso espiritual. Subordinarão os cristãos o apetite ao controle da razão, ou continuarão sua condescendência porque se sentem tão deprimidos sem isso, como os ébrios sem o seu estimulante? Não despertarão os defensores da reforma pró-temperança quanto a essas coisas nocivas também? E não abrangerá o voto ou compromisso o café e o chá como estimulantes prejudiciais? -- Conselhos Sobre Saúde, 442. Te 82 1 Alguns necessitam dar esse passo -- Esperamos levar nossos irmãos e irmãs a uma norma ainda mais elevada, a assinarem o compromisso de abster-se do café de Java e da erva que provém da China. Vemos que alguns há que precisam dar esse passo na reforma. -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1887. Te 82 2 A conduta apropriada à mesa de outros -- uma palavra aos colportores-evangelistas -- Caso vos senteis à mesa deles, comei com temperança, e unicamente o alimento que não venha a confundir a mente. Guardai-vos de toda intemperança. Sede exemplos vivos, ilustrando os retos princípios. Se vos oferecerem chá, dizei-lhes com singeleza os maus efeitos que ele produz no organismo. -- Manuscrito 23, 1890. Te 82 3 Seguir a Jesus no trilho da reforma -- Jesus venceu no ponto do apetite, e o mesmo podemos nós fazer. Avancemos, pois, passo a passo, progredindo na reforma até que nossos hábitos estejam em harmonia com as leis da vida e da saúde. O Redentor do mundo, no deserto da tentação, travou a batalha referente ao apetite em nosso favor. Como nosso penhor, Ele venceu, tornando assim possível ao homem vencer em Seu nome. "Ao vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1887. ------------------------Capítulo 18 -- Drogas Te 82 4 Costume comum, mas perigoso -- Um costume que está deitando bases a vasta soma de moléstias e males mais sérios ainda, é o livre uso de drogas venenosas. Quando atacados pela enfermidade, muitos não se darão ao trabalho de investigar a causa do mal. Sua principal ansiedade é verem-se livres da dor e dos desconfortos. Recorrem portanto a panacéias, cujas reais propriedades eles mal conhecem, ou recorrem a um médico para neutralizar os efeitos de seu mau proceder, mas sem nenhuma idéia de mudar seus nocivos hábitos. Caso não sintam benefícios imediatos, experimentam outro remédio, e depois outro. Assim continuam o mal. -- A Ciência do Bom Viver, 126. Te 83 1 Remédio a todo custo -- Os doentes estão apressados para ficar bons, e seus amigos se acham impacientes. Eles desejam ter remédio, e se não sentem no organismo aquela poderosa influência que, em seus errôneos pontos de vista induzem-nos a pensar que deviam experimentar, mudam impacientemente de médico. A mudança aumenta muitas vezes o mal. Passam por uma série de remédios tão perigosos como os primeiros. -- How to Live 3:62. Te 83 2 O triste resultado -- Com o uso de drogas venenosas muitos trazem sobre si doença para toda a vida, e perdem-se muitos que poderiam ser salvos com o emprego de métodos naturais. Os venenos contidos em muitos dos chamados remédios, formam hábitos e apetites que importam em ruína tanto para o corpo como para a alma. Muitos dos populares remédios patenteados, e mesmo algumas drogas receitadas por médicos, desempenham seu papel em deitar as bases para o hábito da bebida, do ópio, da morfina, os quais são uma tão terrível maldição para a sociedade. -- A Ciência do Bom Viver, 126, 127. Te 83 3 Sistema nervoso desorganizado -- Drogas dadas para entorpecer, sejam elas quais forem, desorganizam o sistema nervoso. -- How to Live 3:7. Te 83 4 Uma pena fixada para toda transgressão -- Deus criou leis que governam nossa constituição, e essas leis que Ele pôs em nosso ser são divinas, e para cada transgressão está fixada uma penalidade que, cedo ou tarde, será executada. A maioria das enfermidades que a família humana tem padecido e continua padecendo tem sua origem na ignorância das próprias leis orgânicas. Eles parecem indiferentes no que respeita à saúde, e trabalham com perseverança para se fazerem em pedaços, e quando alquebrados e debilitados no corpo e na mente, vão em busca do médico e enchem-se de drogas até morrer. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 19. Te 84 1 O viver simples versus farmácia -- Milhares de pessoas aflitas poderiam recuperar a saúde se, em vez de dependerem da farmácia para viver, desfizessem-se de todas as drogas, e vivessem com simplicidade, sem usar chá, café, licores nem condimentos que irritam o estômago e o enfraquecem, deixando-o incapaz de digerir sequer os alimentos simples, sem estímulos. O Senhor está disposto a fazer Sua luz brilhar em raios claros, distintos, a todos quantos se achem fracos e débeis. -- Medicina e Salvação, 229. Te 84 2 Procedimento descuidoso -- Usar drogas enquanto se continua com os maus hábitos, é por certo incoerente, e desonra grandemente a Deus por desonrar o corpo que Ele fez. Todavia, por tudo isso, continuam a ser prescritos estimulantes e drogas, sendo amplamente usados por seres humanos, ao passo que as nocivas satisfações que ocasionam a doença não são abandonadas. -- Carta 19, 1892. Te 84 3 Aqueles que satisfazem seu apetite, e depois sofrem por causa de sua intemperança, e tomam drogas para aliviar, podem estar certos de que Deus não intervirá para salvar a saúde e a vida assim descuidosamente posta em risco. A causa produziu o efeito. Muitos, como último recurso, seguem as direções dadas na Palavra de Deus, e pedem as orações dos anciãos da igreja para restauração de sua saúde. Deus não acha por bem atender às orações dessas pessoas, pois sabe que, caso elas se restaurassem, à saúde, sacrificá-la-iam outra vez no altar do apetite prejudicial. -- Spiritual Gifts 4:145. Te 84 4 Pecado contra as crianças -- Se os que tomam essas drogas fossem os únicos a sofrer, então o mal não seria tão grande. Mas os pais não somente pecam contra si mesmos em engolir drogas venenosas, mas pecam também contra seus filhos. O estado vicioso de seu sangue, o veneno distribuído pelo organismo, a constituição violada, e várias doenças provindas de drogas em resultado de seus venenos, são transmitidas a sua prole, deixando-a como arruinada herança, o que é outra grande causa de degeneração da raça. -- How to Live 3:50. Te 85 1 É mais fácil usar drogas -- Utilizai os remédios que Deus providenciou. Ar puro, luz solar e o emprego inteligente da água, são agentes benéficos na restauração da saúde. Mas o uso da água é considerado demasiado trabalhoso. Mais fácil é empregar drogas do que utilizar remédios naturais. -- Healthful Living, 247. Te 85 2 Muitos pais substituem o tratamento judicioso pelas drogas. -- The Health Reformer, de Setembro de 1866. Te 85 3 Educai em direção oposta às drogas -- A medicação de drogas, tal como é geralmente praticada, é uma calamidade. Educai em direção oposta às drogas. Usai-as cada vez menos, e confiai mais em métodos saudáveis; então a natureza corresponderá aos médicos de Deus -- ar puro, pura água, exercício apropriado, uma consciência limpa. Os que persistem no uso do chá, café e alimentos cárneos sentirão necessidade de drogas, mas muitos se poderiam recuperar sem uma gota de remédio se obedecessem às leis da saúde. As drogas raramente necessitam ser empregadas. -- Conselhos Sobre Saúde, 261. Te 85 4 A única esperança de coisas melhores está na educação do povo nos verdadeiros princípios. Ensinem os médicos ao povo que o poder restaurador não se encontra em drogas, porém na natureza. A doença é um esforço da natureza para libertar o organismo de condições resultantes da violação das leis da saúde. Em caso de doença, convém verificar a causa. As condições insalubres devem ser mudadas, os maus hábitos corrigidos. Então se auxilia a natureza em seu esforço para expelir as impurezas e restabelecer as condições normais no organismo. -- A Ciência do Bom Viver, 127. Te 86 1 A importância da medicina preventiva -- O primeiro trabalho de um médico deve ser educar o doente e o sofredor na justa direção que ele deve seguir para evitar a moléstia. Pode ser efetuado o maior bem procurando esclarecer a mente de todos a quem possamos ter acesso, quanto ao melhor modo a seguirem para prevenir a doença e o sofrimento, e constituições alquebradas, e mortes prematuras. Aqueles, porém, que não gostam de empreender trabalho que lhes sobrecarregue as faculdades físicas e mentais, estarão prontos a receitar drogas, as quais lançam no organismo humano a base para um mal duas vezes maior do que aquele que pretendem haver curado. -- Medicina e Salvação, 221, 222. Te 86 2 O povo precisa que se lhes ensine que as drogas não curam as moléstias. É verdade que elas por vezes proporcionam temporário alívio, e o paciente parece restabelecer-se em resultado de havê-las usado; isto se dá porque a natureza possui bastante força vital para expelir o veneno, e corrigir as condições ocasionadoras do mal. A saúde é recuperada a despeito da droga. Mas na maioria dos casos ela apenas muda a forma e o local da moléstia. Muitas vezes o efeito do veneno parece ser vencido por algum tempo, mas os resultados permanecem no organismo, operando grande dano posteriormente. -- A Ciência do Bom Viver, 126. Te 86 3 Um repto aos médicos conscienciosos -- O médico que tiver força moral para arriscar sua reputação esclarecendo o entendimento por meio de fatos simples, mostrando a natureza da doença e a maneira de evitá-la, e o costume perigoso de recorrer a drogas, terá uma difícil escalada, mas viverá e deixará viver. ... Caso seja um reformador, ele falará claramente com relação aos falsos apetites e à ruinosa condescendência consigo mesmo no que respeita a vestir, comer e beber, à sobrecarga de efetuar grande quantidade de trabalho em determinado tempo, coisas que têm influência prejudicial no temperamento, nas faculdades físicas e mentais. ... Te 87 1 Hábitos adequados, corretos, observados inteligente e perseverantemente, removerão a causa das doenças, e não haverá necessidade de recorrer às drogas fortes. -- Medicina e Salvação, 222. Te 87 2 Estudar e ensinar as leis da medicina preventiva -- Existe agora positiva necessidade, mesmo por parte dos médicos, reformadores no sentido do tratamento da doença, de que sejam feitos maiores esforços para levar avante e acima a obra por eles próprios, e para instruir com interesse os que deles esperam capacidade médica para verificar a causa das enfermidades. Eles lhes devem chamar a atenção de modo especial para as leis estabelecidas por Deus, as quais não podem ser impunemente violadas. Eles se detêm muito nos efeitos da doença, mas, em regra geral, não despertam a atenção para as leis que devem ser sagrada e inteligentemente obedecidas, a fim de evitar as enfermidades. -- Medicina e Salvação, 223. Te 87 3 Remédios que deixam efeitos prejudiciais -- Os servos de Deus não devem ministrar remédios que sabem deixar atrás efeitos nocivos no organismo, ainda que aliviem o sofrimento presente. Todo preparado, venenoso nos reinos vegetal e mineral, introduzido no organismo, deixará sua influência maléfica, afetando o fígado e os pulmões, e perturbando o organismo em geral. -- Spiritual Gifts 4:140. Te 87 4 Porque foram estabelecidos sanatórios -- Não deve ser introduzida no organismo humano coisa alguma que deixe atrás um efeito maléfico. E esclarecer sobre esse assunto e fazer tratamento saudável é a razão que me foi dada para estabelecer sanatórios em vários lugares. -- Medicina e Salvação, 228. Te 87 5 Anos atrás o Senhor revelou-me que deviam ser estabelecidas instituições para tratamento dos doentes sem emprego de drogas. O homem é propriedade de Deus, e a ruína causada à habitação viva, o sofrimento trazido pelas sementes de morte semeadas no organismo humano, são uma ofensa a Deus. -- Medicina e Salvação, 229. Te 88 1 Aos doentes devem ser fornecidos alimentos bons, saudáveis; cumpre observar total abstinência de todas as bebidas intoxicantes; as drogas devem ser rejeitadas, e seguidos métodos racionais de tratamento. Não se deve dar aos doentes álcool, chá, café, nem drogas; pois esses deixam sempre atrás de si vestígios maléficos. Observando estas regras, muitos que foram desenganados pelos médicos se podem restaurar. -- Medicina e Salvação, 228. Te 88 2 Raramente são necessárias drogas -- Muitos se poderiam restabelecer sem uma gota de remédio, caso vivessem segundo as leis da saúde. As drogas raramente são necessárias. Importa em zeloso, paciente e prolongado esforço estabelecer a obra e levá-la avante sobre princípios saudáveis. Aliai, porém, fervorosas orações e fé aos vossos esforços, e sereis bem-sucedidos. Por meio dessa obra, ensinareis aos doentes, e a outros também, a cuidarem de si mesmos quando enfermos, sem recorrer ao emprego de drogas. -- Medicina e Salvação, 259, 260. Te 88 3 Nossas instituições são estabelecidas para que os doentes sejam tratados por métodos saudáveis, rejeitando quase inteiramente o uso de drogas. ... Terrível prestação de contas a Deus haverá para os homens que tão pouco consideração têm para com a vida humana, que tratam o corpo tão desapiedadamente ministrando-lhe suas drogas. ... Não somos escusáveis se por ignorância destruirmos o edifício de Deus por ingerir drogas venenosas sob variedade de nomes que não compreendemos. É nosso dever recusar tais prescrições. Desejamos construir um sanatório em que se curem as moléstias pelas providências da própria natureza, e onde o povo seja ensinado na maneira de se tratarem a si mesmos quando doentes; onde aprendam a comer com temperança das comidas saudáveis, e sejam educados a recusar todos os narcóticos -- chá, café, vinhos fermentados, e estimulantes de toda espécie -- e a rejeitar carne de cadáveres de animais. -- Manuscrito 44, 1896. Te 89 1 Pelo trabalho mais eficaz -- A questão da reforma de saúde não é agitada como precisa e deve ser. Um regime simples e inteira ausência de drogas, deixando livre a natureza para recuperar as energias gastas do corpo, tornariam nossos sanatórios muitíssimo mais eficientes no restaurar os doentes. -- Carta 73a, 1896. Te 89 2 Ensinar os doentes a cooperar com Deus -- O povo deve ser educado em compreender que é pecado destruir suas energias físicas, mentais e espirituais, e precisam compreender também a maneira como podem cooperar com Deus para sua própria restauração. Mediante a fé em Cristo, eles podem vencer o hábito de usar estimulantes e narcóticos destruidores da saúde. -- Manuscrito 12, 1900. ------------------------Capítulo 19 -- Importância de estritos hábitos de temperança Te 90 1 Exemplos do velho e do novo testamentos -- Quando o Senhor queria suscitar Sansão como libertador de Seu povo, recomendou à sua mãe corretos hábitos de vida antes do nascimento de seu filho. E a mesma proibição devia ser imposta, desde o princípio, à própria criança; pois ele devia ser consagrado a Deus como nazireu desde o nascimento. Te 90 2 O anjo do Senhor apareceu à mulher de Manoá, e informou-a de que ela teria um filho; e em vista disto Ele lhe deu importantes direções: "Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda." Juízes 13:4, 14. Te 90 3 Deus tinha uma obra importante para o prometido filho de Manoá, e era para assegurar-lhe as habilitações necessárias para essa obra, que os hábitos, tanto da mãe como do filho deviam ser tão cuidadosamente regulados. "Nem vinho nem bebida forte beberá", foi a instrução do anjo quanto à mulher de Manoá, "nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará." A criança será afetada para bem ou para mal pelos hábitos da mãe. Ela própria precisa ser controlada por princípios, e exercer temperança e abnegação, se quer o bem-estar de seu filho. Te 90 4 No Novo Testamento encontramos exemplo não menos impressivo da importância dos hábitos temperantes. Te 90 5 João Batista foi um reformador. Foi-lhe confiada uma grande obra em favor do povo de seu tempo. E em preparo para essa obra, todos os seus hábitos foram cuidadosamente regulados, já desde o seu nascimento. O anjo Gabriel foi enviado do Céu para instruir os pais de João nos princípios da reforma pró-saúde. "Não beberá vinho, nem bebida forte", disse o mensageiro celeste; "e será cheio do Espírito Santo." Lucas 1:15. Te 91 1 João separou-se de seus amigos, e dos luxos da vida, habitando só no deserto, e vivendo de um regime exclusivamente vegetariano. A simplicidade de seu vestuário -- uma roupa tecida de pêlo de camelo -- constituía repreensão à extravagância e ostentação do povo de seus dias, especialmente dos sacerdotes judaicos. Também seu regime alimentar, de gafanhotos e mel silvestre constituía censura à gulodice dominante por toda parte. Te 91 2 A obra de João fora predita pelo profeta Malaquias: "Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais." Malaquias 4:5, 6. João Batista veio no espírito e poder de Elias, para preparar o caminho do Senhor, e fazer voltar o povo à sabedoria dos justos. Ele era um representante dos que vivem nos últimos dias, aos quais Deus confiou verdades sagradas para apresentar ao povo, preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo. E os mesmos princípios de temperança que João observava devem ser seguidos por aqueles que, em nossos dias, devem advertir o mundo da vinda do Filho do homem. Te 91 3 Deus fez o homem à Sua imagem, e espera que ele conserve inalteradas as faculdades que lhe foram comunicadas para o serviço do Criador. Não devemos então dar ouvidos a Suas admoestações, e procurar manter toda faculdade na melhor condição a fim de servi-Lo? O melhor que nos seja possível dar a Deus ainda é muito fraco. Te 91 4 Por que há tanta miséria no mundo atualmente? É acaso porque Deus goste de ver sofrer Suas criaturas? -- Oh, não! É porque os homens se têm enfraquecido por meio de práticas imorais. Lamentamos a transgressão de Adão, e parece que pensamos haverem nossos primeiros pais manifestado grande fraqueza em ceder à tentação; se, porém, a transgressão de Adão fosse o único mal que tivéssemos de enfrentar, a condição do mundo seria muito melhor do que é. Tem havido uma sucessão de quedas desde o tempo de Adão. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37-39. Te 92 1 Uma advertência quanto ao efeito do vinho -- A história de Nadabe e Abiú é dada também como advertência ao homem, mostrando que o efeito do vinho no intelecto é confundir. E ele terá sempre essa influência na mente dos que o bebem. Portanto, Deus proíbe explicitamente o uso do vinho e da bebida forte. -- The Signs of the Times, 8 de Julho de 1880. Te 92 2 Nadabe e Abiú nunca haveriam cometido aquele pecado fatal, não houvessem eles primeiro se intoxicado parcialmente pelo uso abundante do vinho. Eles compreenderam que o mais cuidadoso e solene preparo era necessário antes de se apresentarem no santuário, onde era manifestada a presença divina; pela intemperança, porém, perderam a idoneidade para o seu santo ofício. A mente se lhes tornou confusa e embotadas as percepções morais, de modo que não podiam discernir a diferença entre o sagrado e o comum. -- Patriarcas e Profetas, 361, 362. ------------------------Capítulo 20 -- Efeitos psicológicos dos intoxicantes brandos Te 92 3 Tendências herdadas despertam-se com o vinho e a sidra -- Para as pessoas que herdaram a tendência para os estimulantes, não é de maneira alguma seguro ter em casa vinho ou sidra; pois Satanás está de contínuo a incitá-los à condescendência. Caso eles cedam a suas tentações, não saberão onde parar; a sede clama por satisfação, e é satisfeita para ruína deles. O cérebro fica obscurecido; não mais a razão maneja as rédeas, mas deixa-as ao pescoço da concupiscência. Alastra-se a licenciosidade, e vícios de quase todos os tipos são praticados em resultado de satisfazer a sede de vinho e de sidra. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 32, 33. Te 93 1 Não pode crescer em graça -- Impossível é a uma pessoa que gosta desses estimulantes, e se habitua a tomá-los, crescer em graça. Torna-se grosseira e sensual; as paixões animais dominam as faculdades mentais mais elevadas, e a virtude não é acariciada. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 33. Te 93 2 Perversão da mente mediante intoxicantes brandos -- Tão gradualmente, Satanás desvia da fortaleza da temperança, tão insidiosamente exercem o vinho e a sidra sua influência sobre o gosto, que a pessoa entra na estrada para a embriaguez de todo sem suspeitar. O gosto pelos estimulantes é cultivado; desequilibra-se o sistema nervoso; Satanás mantém a mente em desassossego febril; e a pobre vítima, imaginando-se perfeitamente segura, avança mais e mais, até que toda barreira é derribada, todo princípio sacrificado. As mais fortes resoluções são minadas, e os interesses eternos são demasiado fracos para manter o aviltado apetite sob o controle da razão. Alguns nunca ficam realmente ébrios, mas encontram-se sempre sob a influência dos intoxicantes brandos. São febris, instáveis de mente, não propriamente delirantes, mas na verdade desequilibrados; pois as nobres faculdades da mente se acham pervertidas. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 33. Te 93 3 Vinho e sidra não fermentados -- O puro suco da uva, isento de fermentação, é uma bebida saudável. -- Manuscrito 126, 1903. Te 93 4 A sidra e o vinho podem ser engarrafados quando frescos, e mantidos doces por longo tempo, e se usados sem fermentar, não destronam a razão. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 93 5 Sidra doce -- Sabemos de que é feita essa agradável sidra doce? Os que manufaturam as maçãs no preparo da sidra para mercado, não são muito cuidadosos quanto ao estado da fruta empregada, e em muitos casos o suco de maçãs apodrecidas é espremido. Os que não pensariam em introduzir o veneno de maçãs estragadas no organismo, bebem a sidra feita com elas, e consideram-na um luxo; o microscópio, no entanto, revelaria que essa aprazível bebida é muitas vezes imprópria para o estômago humano, mesmo quando recém-saída da prensa. Caso ela seja fervida e se cuide em remover as impurezas, é menos objetável. Te 94 1 Tenho com freqüência ouvido dizer: "Oh! esta é sidra não fermentada; é de todo inofensiva, e mesmo saudável." Vários litros, talvez garrafões são levados para casa. Por alguns dias ela está ainda isenta de fermento, mas dias depois, começa a fermentação. O sabor picante torna-o tanto mais aceitável a muitos paladares, e o que aprecia o vinho ou a sidra doces fica aborrecido de ter de reconhecer que sua bebida predileta se torna sempre forte e ácida. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 94 2 O único caminho seguro -- As pessoas que herdaram o apetite dos estimulantes contrários à natureza, não devem por modo nenhum ter vinho, cerveja ou sidra diante dos olhos ou ao seu alcance; pois isto lhes mantém a tentação continuamente adiante. -- A Ciência do Bom Viver, 331. Te 94 3 Se os homens fossem temperantes em tudo, não tocassem, não provassem, não manuseassem chá, café, fumo, vinhos, ópio, e bebidas alcoólicas, a razão tomaria as rédeas nas mãos, e controlaria os apetites e paixões. Te 94 4 Pelo apetite rege Satanás a mente e todo o ser. Milhares de pessoas que poderiam haver vivido, passaram à sepultura, arruinados física, mental e moralmente, por haverem sacrificado todas as suas faculdades à satisfação do apetite. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37. ------------------------Capítulo 21 -- Efeitos intoxicantes do vinho e da sidra Te 94 5 As pessoas se podem intoxicar tão verdadeiramente com vinho e sidra como com bebidas mais fortes, e a pior espécie de ebriedade é produzida por essas chamadas bebidas mais brandas. São mais perversas as paixões; maior é a transformação do caráter, mais determinada e obstinada. Alguns litros de sidra ou vinho sem fermento podem despertar o gosto pelas bebidas mais fortes, e muitos dos que se tornaram bêbados confirmados foi assim que lançaram as bases do hábito da bebida. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 95 1 Possível precursor de embriaguez habitual -- Um só copo de vinho pode abrir a porta à tentação que levará ao hábito da embriaguez. -- Testimonies for the Church 4:578. Te 95 2 Estado doentio resultante do uso da sidra -- Do uso habitual de sidra azeda resulta uma tendência para doenças de várias espécies, como hidropisia, desordens hepáticas, nervos trêmulos, afluência do sangue à cabeça. Usando-a, trazem muitos sobre si doenças crônicas. Alguns morrem tuberculosos ou tombam vitimados pela apoplexia unicamente por isto. Outros sofrem de dispepsia. Todas as funções vitais recusam-se a trabalhar, e o médico lhes diz que têm doença do fígado, quando se eles rompessem o barril de sidra e nunca mais dessem lugar à tentação de o substituir, suas forças vitais maltratadas recuperariam o vigor. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 95 3 Efeitos do vinho depois do dilúvio -- O mundo se tornara tão corrompido mediante a satisfação do apetite e aviltadas paixões nos dias de Noé, que Deus destruiu seus habitantes pelas águas do dilúvio. E à medida que os homens se multiplicaram sobre a Terra, a satisfação do vinho para intoxicação, perverteu os sentidos e preparou o caminho para o excesso no comer carne e avigoramento das paixões animais. Os homens se exaltaram contra o Deus do Céu; e suas faculdades e oportunidades foram devotadas à glorificação própria em vez de honrarem a seu Criador. -- Redemption or the Temptation of Christ, 21, 22. Te 95 4 Induz a bebidas mais fortes -- O uso da sidra induz a bebidas mais fortes. O estômago perde o natural vigor, e sente a necessidade de alguma coisa mais forte para o despertar à ação. Uma ocasião em que meu marido e eu estávamos viajando, fomos forçados a passar várias horas esperando o trem. Enquanto nos encontrávamos na estação, um lavrador de faces congestionadas, intumescidas chegou ao restaurante anexo e em voz alta e áspera, pediu: "Têm aí aguardente de primeira?" Foi-lhe respondido afirmativamente, e ele pediu meio copo. "Tem o senhor molho de pimenta?" "Sim", foi-lhe respondido. "Bem, ponha duas grandes colheradas dentro." Ordenou em seguida duas colheres de álcool mais, e concluiu pedindo "uma boa dose de pimenta-do-reino". O homem que estava preparando a bebida, perguntou: "Que vai o senhor fazer com esta mistura?" Ele replicou: "Creio que isso vai resolver", e, pondo o copo cheio na boca, bebeu toda essa mistura ardente. Meu marido disse: "Aquele homem tem usado estimulantes até que destruiu as tenras membranas do estômago. Posso imaginar que elas se acham tão insensíveis como uma botina queimada." Te 96 1 Ao ler isto, muitos rirão da advertência de perigo. Dirão: "Certamente o pouco de vinho ou sidra que eu tomo não me pode fazer mal." Satanás marcou esses para presa sua; ele os leva, passo a passo, e eles não o percebem senão quando as cadeias do hábito e do apetite são fortes demais para serem quebradas. Vemos o poder que essa sede de bebida forte exerce nos homens; vemos quantos de todas as profissões e de sérias responsabilidades, homens de alta posição, de destacado talento, de grandes consecuções, de sentimentos finos, nervos fortes e de elevada capacidade de raciocínio sacrificam tudo pela satisfação do apetite até se acharem reduzidos ao nível dos animais; e em muitos casos, muitos, o rumo descendente que tomaram começou com o uso do vinho ou da sidra. Sabendo isto, tomo decididamente atitude contrária à manufatura de vinho e sidra para serem usados como bebida. ... Caso todos estivessem vigilantes e fiéis na guarda das pequenas brechas feitas pelo uso moderado dos chamados inofensivos vinho e sidra, fechar-se-ia o caminho à embriaguez. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. ------------------------Capítulo 22 -- Vinho na Bíblia Te 97 1 O vinho em Caná não era fermentado -- Em parte alguma sanciona a Bíblia o uso de vinho intoxicante. O vinho feito por Cristo da água, nas bodas de Caná, foi o puro suco da uva. Este é o vinho novo que se "acha num cacho de uvas", de que a Escritura diz: "Não o desperdices, pois há bênção nele." Isaías 65:8. Te 97 2 Foi Cristo que, no Velho Testamento, advertiu a Israel: "O vinho é escarnecedor e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio." Provérbios 20:1. Ele nunca proveu tal bebida. Satanás tenta o homem a transigir com aquilo que obscurece a razão e embota as percepções espirituais, mas Cristo nos ensina a pôr a natureza inferior em sujeição. Ele nunca põe diante do homem aquilo que lhe seria uma tentação. Toda a Sua vida foi um exemplo de abnegação. Foi para vencer o poder do apetite que, nos quarenta dias de jejum no deserto, ele sofreu em nosso favor a mais rigorosa prova que a humanidade podia suportar. Foi Cristo que ordenou que João Batista não bebesse vinho nem bebida forte. Foi Ele que recomendou tal abstinência por parte da mulher de Manoá. Cristo não contradiz os próprios ensinos. O vinho não fermentado que Ele forneceu para os convivas das bodas, era uma bebida saudável e refrigerante. Foi este o vinho usado por nosso Salvador e Seus discípulos na primeira comunhão. É o vinho que se deve sempre usar na mesa da comunhão como símbolo do sangue do Salvador. O serviço sacramental destina-se a ser refrigerante para a alma, e comunicador de vida. Com ele não deve estar ligada coisa alguma que sirva ao mal. -- A Ciência do Bom Viver, 333, 334. Te 97 3 Vinho não intoxicante recomendado na Bíblia -- A Bíblia não ensina em parte alguma a usar vinho intoxicante, seja como bebida, seja como símbolo do sangue de Cristo. Apelamos para a razão natural, se o sangue de Cristo é mais bem representado pelo puro suco de uva em seu estado natural, ou depois de convertido em vinho fermentado e intoxicante. ... Insistimos em que o último nunca deve ser posto na mesa do Senhor. ... Protestamos que Cristo nunca fez vinho intoxicante; tal ato haveria sido contrário a todos os ensinos e exemplo de Sua vida. ... O vinho que Cristo fez da água mediante um milagre de Seu poder, era o puro suco da uva. -- The Signs of the Times, 29 de Agosto de 1878. ------------------------Capítulo 23 -- Os cristãos e a produção de artigos para a manufatura de bebidas espirituosas Te 98 1 Muitas pessoas que hesitariam em pôr aos lábios de um semelhante bebida alcoólica, empenham-se no cultivo de lúpulo, emprestando assim sua influência contra a causa da temperança. Não posso ver como, em face da lei de Deus, cristãos se possam conscienciosamente empenhar no cultivo do lúpulo ou no fabrico de vinho e de sidra para o mercado. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 32. Te 98 2 Abster-se da aparência do mal -- Quando homens e mulheres inteligentes que se professam cristãos alegam não haver mal em fazer vinho ou sidra para o mercado porque, quando não fermentados, não intoxicam, meu coração se entristece. Sei que há outro lado do assunto a que eles se recusam a olhar; pois o egoísmo lhes fechou os olhos aos males terríveis que podem resultar do uso desses estimulantes. Não vejo como nossos irmãos se possam abster de toda aparência do mal e dedicar-se amplamente a negócio do cultivo do lúpulo, sabendo a que uso irão esses lúpulos. Te 98 3 Os que ajudam a produzir essas bebidas que estimulam e educam a sede de estimulantes mais fortes, serão recompensados segundo a suas obras. São transgressores da lei de Deus, e serão castigados pelos pecados que cometem e pelos que eles influenciaram outros a cometer pela tentação que lhes puseram no caminho. Te 99 1 Procedam todos quantos professam crer na verdade para este tempo, e ser reformadores, em harmonia com sua fé. Se uma pessoa cujo nome se encontra no livro da igreja fabrica vinho ou sidra para vender, importa que se trabalhe fielmente com ela, e, se continuar a assim fazer, deve ser posta sob censura da igreja. Os que não forem dissuadidos de fazer esse trabalho são indignos de um lugar e um nome entre o povo de Deus. Te 99 2 Devemos ser seguidores de Cristo, aplicar o coração e a influência contra toda má prática. Como nos sentiríamos no dia em que os juízos de Deus forem derramados, ao encontrar-nos com homens que se tornaram ébrios mediante nossa influência? Estamos vivendo no dia antitípico da expiação, e nossos casos devem ser em breve passados em revista por Deus. Como nos acharemos nos tribunais celestes, se nossa maneira de proceder animou o uso de estimulantes que pervertem a razão e são destruidores da virtude, da pureza, e do amor de Deus? -- Testimonies for the Church 5:358, 359. Te 99 3 O amor ao dinheiro não deve desencaminhar -- Tenho alguns hectares de terra que, quando comprei, tinham sido destinadas ao cultivo de uvas para vinho; eu, porém, não venderei nem meio quilo dessas uvas a qualquer fábrica de vinho. O dinheiro que eu ganhasse com elas aumentar-me-ia o lucro; mas em vez de ajudar a causa da intemperança permitindo que elas se convertessem em vinho, eu as deixaria estragarem-se nas videiras. ... Te 99 4 O amor ao dinheiro levará homens a violarem a consciência. Talvez aquele mesmo dinheiro seja levado ao tesouro do Senhor; Ele, porém, não aceitará qualquer oferta dessa espécie, ela é para Ele uma ofensa. Foi obtida por transgressão de Sua lei, que requer que um homem ame a seu próximo como a si mesmo. Não é desculpa para o transgressor dizer que, se ele não houvesse feito vinho ou sidra, alguém o haveria feito, e seu próximo se tornaria ébrio da mesma maneira. Porque alguém chega a garrafa aos lábios de seu próximo, hão de cristãos se arriscarem a manchar suas vestes com o sangue de almas -- incorrerem na maldição proferida sobre os que põem a tentação no caminho de homens errantes? Jesus chama Seus seguidores a postarem-se sob Sua bandeira e ajudarem a destruir as obras do diabo. Te 100 1 O Redentor do mundo, que bem sabe o estado da sociedade nos últimos dias, apresenta o comer e o beber como os pecados que condenam este século. Ele nos diz que como foi nos dias de Noé, assim será quando o Filho do homem Se manifestar. "Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos." O mesmo estado de coisas existirá nos últimos dias, e os que crerem nessas advertências exercerão a máxima cautela em não seguir uma direção que os ponha sob condenação. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 100 2 Em face das escrituras, da natureza e da razão -- À luz de tudo quanto a Escritura, a Natureza e a razão ensinam em relação ao uso de intoxicantes, como cristãos se podem empenhar em cultivar lúpulo para fabricação de cerveja, ou na fabricação de vinho ou sidra, para venda? Se amam aos seus semelhantes como a si mesmos, como poderão auxiliar a pôr-lhes no caminho aquilo que lhes servirá de laço? -- A Ciência do Bom Viver, 334. Te 100 3 Irmãos, consideremos esses assuntos em face das Escrituras e exerçamos decidida influência ao lado da temperança em todas as coisas. Maçãs e uvas são dons de Deus; podem ser usadas de maneira excelente como artigos saudáveis de alimentação, ou podem ser desvirtuadas por serem mal empregadas. Deus já está arruinando a vinha e a colheita das maçãs devido às práticas pecaminosas dos homens. Encontramo-nos diante do mundo como reformadores; não demos nenhuma ocasião a que os infiéis ou os incrédulos vituperem nossa fé. Disse Cristo: "Vós sois o sal da Terra", "Vós sois a luz do mundo". Mostremos que nosso coração e consciência acham-se sob a influência transformadora da graça divina, e que nossa vida é governada pelos puros princípios da lei de Deus, ainda que esses princípios exijam o sacrifício dos interesses temporais. -- Testimonies for the Church 5:361. ------------------------Capítulo 24 -- Temperança e abstinência total Te 101 1 Se alguma coisa é necessária para saciar a sede, água pura tomada algum tempo antes ou depois da refeição é tudo quanto a natureza requer. Nunca tomeis chá, café, cerveja, vinho, ou qualquer bebida espirituosa. Água, eis a melhor bebida possível para limpar os tecidos. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. Te 101 2 A lição aqui apresentada [de Daniel e seus companheiros] é daquelas que faríamos bem em ponderar. Nosso perigo não é o da escassez, mas da abundância. Somos constantemente tentados ao excesso. Os que quiserem conservar inalteradas suas faculdades para o serviço de Deus, precisam observar estrita temperança no uso das Suas munificências, bem como abstinência total de toda satisfação prejudicial ou aviltante. Te 101 3 A geração nascente acha-se rodeada de seduções calculadas a tentarem o apetite. Especialmente em nossas cidades grandes, toda forma de condescendência é tornada fácil e convidativa. Aqueles que, à semelhança de Daniel, se recusam a contaminar-se, colherão a recompensa de seus hábitos temperantes. Com seu maior vigor físico e acrescido poder de resistência, têm um banco do qual sacar em caso de emergência. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 27, 28. Te 101 4 Alega-se muitas vezes que, a fim de se desviar a juventude das leituras sensacionais e indignas, deveríamos proporcionar-lhe melhor espécie de leitura de ficção. Isto equivale tentar a cura de um ébrio dando-lhe em lugar de uísque ou aguardente, os intoxicantes mais brandos, como vinho, cerveja ou sidra. O uso destes animaria continuamente o desejo dos estimulantes mais fortes. A única segurança para os bêbados, bem como para o homem temperante, é a total abstinência. A mesma regra se aplica ao amante de ficção. Sua única segurança é a total abstinência. -- A Ciência do Bom Viver, 446. ------------------------Capítulo 25 -- Unicamente quando a vida é transformada Te 102 1 O caráter reformado -- Nossa obra pelos tentados e caídos só conseguirá êxito real à medida que a graça de Cristo reforma o caráter e o homem é posto em viva ligação com o infinito Deus. Este é o objetivo de todo verdadeiro esforço pró-temperança. -- Testimonies for the Church 6:111. Te 102 2 Cristo opera do interior -- Jamais serão os homens verdadeiramente temperantes sem que a graça de Cristo seja um permanente princípio no coração. ... As circunstâncias não podem operar reformas. Cristianismo pressupõe uma reforma do coração. O que Cristo opera no interior, será manifesto no exterior sob os ditames de um intelecto convertido. O plano de iniciar pelo exterior e procurar operar interiormente, tem sempre falhado e falhará sempre. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 35. Te 102 3 Importa readquirir o domínio próprio -- Um dos mais deploráveis efeitos da apostasia original, foi a perda do poder de domínio próprio, por parte do homem. Unicamente à medida que esse poder é reconquistado, pode haver real progresso. Te 102 4 O corpo é o único agente pelo qual a mente e a alma se desenvolvem para a edificação do caráter. Daí o adversário das almas dirigir suas tentações para o enfraquecimento e degradação das faculdades físicas. Seu êxito neste ponto importa na entrega de todo o corpo ao mal. As tendências de nossa natureza física, a menos que estejam sob o domínio de um poder mais alto, hão de operar por certo ruína e morte. Te 103 1 O corpo tem de ser posto em sujeição. As mais elevadas faculdades do ser devem dominar. As paixões devem ser regidas pela vontade, e esta deve, por sua vez, achar-se sob a direção de Deus. A régia faculdade da razão, santificada pela graça divina, deve ter domínio em nossa vida. -- A Ciência do Bom Viver, 129, 130. Te 103 2 Inutilidade de tentativas de abandonar aos poucos -- Hão de os que tiverem mais oportunidades e muito esclarecimento, que fruem as vantagens da educação, alegar que não podem romper com os costumes prejudiciais à saúde? Por que não hão de os que possuem excelentes faculdades de raciocínio, raciocinar de causa para efeito? Por que não advogam eles a reforma mediante o firmar os pés nos princípios, determinados a não provarem bebida alcoólica ou a não usarem o fumo? Estes são venenos, e seu uso é uma violação da lei de Deus. Alguns, ao ser feito um esforço para esclarecê-los a esse respeito, dizem: Eu vou deixar aos poucos. Mas Satanás ri de todas as decisões dessa espécie. Diz: Eles estão seguros em meu poder. Não temo por eles nesse terreno. Te 103 3 Ele sabe, porém, que não tem poder sobre o homem que, quando os pecadores o incentivam, tem a força moral de dizer franca e positivamente -- "Não." Uma pessoa assim despediu a companhia do diabo, e enquanto se apegar a Jesus Cristo, está segura. Encontra-se na posição em que os anjos celestes se ligam a ele, dando-lhe força moral para vencer. -- Manuscrito 86, 1897. Te 103 4 Renhida batalha, mas Deus ajudará -- Usais fumo ou bebidas intoxicantes? Afastai-os de vós; pois eles obscurecem as faculdades. O abandonar o uso dessas coisas significará renhida batalha, mas Deus vos ajudará nesse combate. Pedi-Lhe graça para vencer, e então crede que Ele vo-la dará, porque vos ama. Não permitais que companheiros mundanos vos separem de vossa aliança com Cristo. Antes seja vossa mente desviada desses companheiros, para Cristo. Dizei-lhes que estais em busca do tesouro celeste. Não sois de vós mesmos; fostes comprados por preço, isto é, a própria vida do Filho de Deus, e deveis glorificar a Deus em vosso corpo e em vosso espírito, pois Lhe pertencem. -- Carta 226, 1903. Te 104 1 Buscai auxílio de Deus e dos justos -- Tenho uma mensagem do Senhor para a alma tentada que tem estado sob o domínio de Satanás, mas que está se esforçando para obter a liberdade. Vá ao Senhor em busca de auxílio. Vá àqueles que sabe amarem e temerem a Deus, e diga-lhes: Tomai-me sob vosso cuidado; pois Satanás me tenta ferozmente. Não tenho forças para fugir do laço. Conservai-me convosco a todo momento, até que eu tenha mais força para resistir à tentação. -- Carta 166, 1903. Te 104 2 Relação pessoal com Deus -- Exponde continuamente ao Senhor vossas necessidades, alegrias, pesares, cuidados e temores. ... "Porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso." Tiago 5:11. Seu coração amorável se comove ante as nossas tristezas, ante a nossa expressão delas.... Nada do que de algum modo se relacione com a nossa paz é tão insignificante que o não observe. Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro para que o possa ler; perplexidade alguma por demais intrincada para que a possa resolver. Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma lhe acossar a alma, nenhuma alegria possuí-lo, nenhuma prece sincera escapar-lhe dos lábios, sem que seja observada por nosso Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse. Ele "sara o coração quebrantado e ata-lhe suas feridas". Salmos 147:3. As relações entre Deus e cada alma são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho. -- Caminho a Cristo, 104, 105. ------------------------Capítulo 26 -- O segredo da vitória -- conversão Te 104 3 Condescendência é pecado -- A complacência com o apetite antinatural, quer seja chá, café, fumo ou álcool, é intemperança e está em guerra com as leis da vida e da saúde. O uso desses artigos proibidos cria no organismo um estado de coisas que o Criador nunca Se propôs que nele houvesse. Essa complacência em qualquer dos membros da família humana, é pecado. ... Sofrimento, enfermidade e morte, são a penalidade certa da complacência. -- Evangelismo, 266. Te 105 1 Quando o Espírito Santo opera entre nós -- A primeira e mais importante das coisas é enternecer e subjugar a alma com a apresentação de nosso Senhor Jesus Cristo como Salvador que toma sobre Si os pecados e os perdoa, e esclarecer o mais possível o evangelho. Te 105 2 Ao operar entre nós o Espírito Santo, ..., almas que não estão preparadas para o aparecimento de Cristo, são convencidas. ... Os viciados do fumo sacrificam o seu ídolo, e o alcoólatra, o seu álcool. Não poderiam eles fazer isso se, pela fé, não se houvessem apossado das promessas divinas do perdão de seus pecados. -- Evangelismo, 264. Te 105 3 A grande necessidade do homem -- Cristo deu a vida para comprar a redenção para o pecador. O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite estava trazendo debilidade física e amortecimento das faculdades perceptivas, de modo que as coisas sagradas e eternas não pudessem ser discernidas. Ele sabia que a satisfação própria estava pervertendo as faculdades morais, e que a grande necessidade do homem era a conversão -- de coração, mente e alma, da vida de condescendência com o próprio eu, para uma vida de abnegação e sacrifício. -- Medicina e Salvação, 264. Te 105 4 Em sua própria força, o homem falhará -- O hábito do fumo... obscurece tantas mentes! Por que não abandonais esse hábito? Por que não se levantar, e dizer: Não mais servirei o pecado e o diabo? Dizei: Deixarei para lá esse venenoso narcótico. Jamais o podereis fazer em vossas forças. Cristo diz: "Estou à tua direita para te ajudar." -- Manuscrito 9, 1893. Te 105 5 Por que tantos fracassam? -- Tentações à condescendência com o apetite possuem um poder que só pode ser vencido pelo auxílio dado por Deus. Mas com cada tentação temos a promessa de Deus de que haverá um escape. Por que, então, tantos são vencidos? É porque não põem a confiança em Deus. Não se aproveitam dos meios providenciados para sua segurança. As desculpas dadas para satisfação do apetite pervertido são, portanto, de nenhum peso diante de Deus. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 22. Te 106 1 O único remédio -- Para toda alma em luta por se erguer de uma vida de pecado a uma de pureza, o grande elemento de poder reside no único nome "debaixo do céu", "dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Atos dos Apóstolos 4:12. "Se alguém tem sede" de tranqüilizadora esperança, de libertação de propensões pecaminosas, Cristo diz: "venha a Mim, e beba." João 7:37. O único remédio para o vício, é a graça e o poder de Cristo. Te 106 2 As boas resoluções tomadas por alguém em suas próprias forças, nada valem. Nem todos os votos do mundo quebrariam o poder do mau hábito. Homem algum nunca praticará a temperança em todas as coisas enquanto seu coração não estiver renovado pela graça divina. Não nos podemos guardar de pecar por um momento sequer. A cada instante dependemos de Deus. ... Te 106 3 Cristo viveu uma vida de perfeita obediência à lei de Deus, deixando nisto um exemplo perfeito a toda criatura humana. A vida que Ele viveu neste mundo, devemos nós viver, mediante Seu poder, e sob as Suas instruções. Te 106 4 Requer-se obediência perfeita -- Em nossa obra pelos caídos, cumpre gravar na mente e no coração deles as reivindicações da lei de Deus e a necessidade de lealdade para com Ele. Nunca deixeis de mostrar que existe assinalada diferença entre os que servem a Deus e os que O não servem. Deus é amor, mas não pode desculpar a voluntária desconsideração de Seus mandamentos. Os decretos de Seu governo são de tal ordem, que o homem não escapa às conseqüências da deslealdade. Somente àqueles que O honram pode Ele honrar. A conduta do homem neste mundo decide seu destino eterno. Segundo houver semeado, assim ceifará. A causa será seguida do efeito. Te 106 5 Nada menos que a perfeita obediência pode satisfazer ao ideal que Deus requer. Ele não deixou Sua vontade indefinida. Não ordenou coisa alguma que não seja necessária a fim de pôr o homem em harmonia com Ele. Devemos encaminhar os pecadores a Seu ideal de caráter, e conduzi-los a Cristo, por cuja graça, unicamente, pode esse ideal ser atingido. Te 107 1 Assegurada a vitória, mediante a vida sem pecado, de Cristo -- O Salvador tomou sobre Si as enfermidades humanas, e viveu uma vida sem pecado, a fim de os homens não terem nenhum temor de que, devido à fraqueza da natureza humana, eles não pudessem vencer. Cristo veio para nos tornar "participantes da natureza divina", e Sua vida declara que a humanidade, unida à divindade, não comete pecado. Te 107 2 O Salvador venceu para mostrar ao homem como ele pode vencer. Todas as tentações de Satanás, Cristo enfrentava com a Palavra de Deus. Confiando nas promessas divinas, recebia poder para obedecer aos mandamentos de Deus, e o tentador não podia alcançar vantagem. A toda tentação, Sua resposta era: "Está escrito." Assim Deus nos deu Sua Palavra para com ela resistirmos ao mal. Pertencem-nos grandíssimas e preciosas promessas, a fim de que por elas fiquemos "participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo". 2 Pedro 1:4. Te 107 3 Dizei ao tentado que não olhe às circunstâncias, à fraqueza do próprio eu, ou ao poder da tentação, mas ao poder da Palavra de Deus. Toda a sua força nos pertence. "Escondi a Tua Palavra no meu coração", diz o salmista, "para não pecar contra Ti." "Pela palavra dos Teus lábios me guardei da vereda do destruidor." Salmos 119:11; 17:4. Te 107 4 Ligados a Cristo pela oração -- Falai ao povo de maneira a incutir ânimo; erguei-os a Deus em oração. Muitos dos que têm sido vencidos pela tentação, são humilhados por seus fracassos, e sentem ser vão buscar aproximar-se de Deus; mas este pensamento é sugestão do inimigo. Quando pecaram, e sentem que não podem orar, dizei-lhes que é então o momento de orar. Talvez se encontrem envergonhados, e profundamente humilhados; ao confessarem, porém, os seus pecados, Aquele que é fiel e justo lhos perdoará, purificando-os de toda injustiça. Te 108 1 Coisa alguma é aparentemente mais desamparada, e na realidade mais invencível, do que a alma que sente o seu nada, e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Pela oração, pelo estudo de Sua Palavra, pela fé em Sua constante presença, a mais fraca das criaturas humanas pode viver em contato com o Cristo vivo, e Ele a segurará com mão que nunca a soltará. -- A Ciência do Bom Viver, 179-182. Te 108 2 Saúde e força ao vencedor -- Quando homens que condescenderam com hábitos errôneos e práticas pecaminosas se rendem ao poder da verdade divina, a aplicação dessa verdade ao coração reaviva as faculdades morais que pareciam haver sido paralisadas. O recebedor possui compreensão mais clara, mais vigorosa que anteriormente ao haver ele firmado sua alma à Rocha eterna. Mesmo sua saúde física melhora ao sentir sua segurança em Cristo. A bênção especial de Deus a repousar sobre o recebedor é, em si mesma, saúde e força. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 13. Te 108 3 Poder para vitória unicamente em Cristo -- Os homens contaminaram o templo da alma, e Deus os chama a despertarem, e lutarem com todas as suas forças para reconquistarem a varonilidade que lhes foi conferida por Deus. Coisa alguma a não ser a graça de Deus pode convencer de pecado e converter o coração; dEle tão-somente podem os escravos do costume alcançar poder para quebrar as algemas que os prendem. É impossível a um homem apresentar seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, enquanto continuar a condescender com hábitos que o estão privando do vigor físico, mental e moral. Diz o apóstolo em outro lugar: "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 10, 11. Te 108 4 Na força de Cristo -- Cristo travou a batalha no campo do apetite, e saiu vitorioso; e nós também podemos vencer mediante a força dEle derivada. Quem entrará na cidade pelas portas? -- Não aqueles que declaram não poderem romper a força do apetite. Cristo resistiu ao poder daquele que nos queria manter em servidão; embora enfraquecido por seu prolongado jejum de quarenta dias, Ele suportou a tentação, e provou por este ato que nossos casos não são desesperados. Sei que não nos é possível alcançar a vitória sozinhos; e quão gratos devemos ser por ter um Salvador vivo, pronto e disposto a ajudar-nos! Te 109 1 Lembro-me do caso de um homem que se encontrava em uma congregação à qual eu estava falando. Achava-se quase arruinado de corpo e mente pelo uso da bebida alcoólica e pelo fumo. Achava-se encurvado pelo efeito da dissipação; e sua roupa estava em harmonia com a condição abalada de seu físico. Segundo todas as aparências, ele fora demasiado longe para recuperar-se. Mas quando apelei para ele a que resistisse à tentação no poder de um Salvador ressuscitado, ele se ergueu tremente, e disse: "A senhora tem interesse por mim, e eu terei interesse por mim mesmo." Seis meses depois, veio à minha casa. Não o reconheci. Com semblante que irradiava alegria e olhos transbordantes de lágrimas, segurou-me a mão, e disse: "A senhora não me reconhece, mas lembra-se do homem com o velho casaco azul, o qual se ergueu em sua congregação, e disse que tentaria reformar-se?" Fiquei pasma. Ali estava ele ereto, e parecia dez anos mais jovem. Fora para casa depois daquela reunião, e passara longas horas em luta e oração até ao raiar do Sol. Fora uma noite de conflito mas, graças a Deus, saíra vitorioso. Esse homem podia contar por triste experiência o que seja a escravidão dos maus hábitos. Sabia advertir os jovens dos perigos da contaminação; e aos que, tal como ele, haviam sido vencidos, podia ele indicar a Cristo como a única fonte de auxílio. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 19, 20. Te 109 2 Nenhuma reforma genuína sem Cristo -- À parte do poder divino, nenhuma reforma genuína pode ser efetuada. As barreiras humanas erguidas contra as tendências naturais e cultivadas, não são mais que bancos de areia contra uma torrente. Enquanto a vida de Cristo não se torna um poder vitalizante em nossa vida, não nos é possível resistir às tentações que nos assaltam interior e exteriormente. Te 110 1 Cristo veio a este mundo e viveu a Lei de Deus, a fim de que o homem pudesse ter perfeito domínio sobre as naturais inclinações que corrompem a alma. Médico da alma e do corpo, Ele dá vitória sobre as concupiscências em luta no íntimo. Proveu toda facilidade para que o homem possa possuir inteireza de caráter. Te 110 2 Quando uma pessoa se entrega a Cristo, seu espírito é posto sob o domínio da lei; mas é a lei real que proclama liberdade a todo cativo. Fazendo-se um com Cristo, o homem é tornado livre. A sujeição à vontade de Cristo significa restauração à perfeita varonilidade. Te 110 3 Obediência a Deus é liberdade do cativeiro do pecado, livramento das paixões e impulsos humanos. O homem pode ser vencedor de si mesmo, vencedor de suas inclinações, vencedor dos principados e potestades, e dos "príncipes das trevas deste século", e das "hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais". Efésios 6:12. -- A Ciência do Bom Viver, 130, 131. ------------------------Capítulo 27 -- A vontade, chave para o êxito Te 110 4 Uma batalha corpo a corpo -- Quando os homens estão contentes de viver meramente para este mundo, a inclinação natural une-se às sugestões do inimigo, e fazem-lhe a vontade. Quando, porém, procuram deixar a bandeira negra do poder das trevas, e se enfileiram sob o ensangüentado estandarte do Príncipe Emanuel, começa a luta, e a guerra é levada avante aos olhos do Universo celeste. Te 110 5 Todo aquele que combate ao lado do direito, deve combater corpo a corpo com o inimigo. Precisa pôr toda a armadura de Deus, a fim de poder enfrentar os ardis do diabo. -- Manuscrito 47, 1896. Te 111 1 O homem precisa fazer sua parte -- Deus não pode salvar o homem contra sua vontade, do poder dos artifícios de Satanás. O homem precisa trabalhar com sua força humana, ajudado pelo poder divino de Cristo, para resistir e vencer a qualquer preço. Em resumo, cumpre ao homem vencer como Cristo venceu. E então, mediante a vitória que é seu privilégio obter pelo todo-poderoso nome de Jesus, pode-se tornar herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo. Te 111 2 Não poderia ser assim, obtivesse Cristo sozinho toda a vitória. O homem precisa fazer sua parte. Importa que ele seja vencedor por si mesmo, por meio da força e da graça que Jesus lhe dá. Precisa ser coobreiro de Cristo na obra de vencer, e então será participante com Cristo de Sua glória. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882. Te 111 3 "Sê homem" -- As vítimas do mau hábito precisam ser despertadas para a necessidade de fazer um esforço por si mesmas. Outros podem desenvolver os mais fervorosos esforços para erguê-los, a graça de Deus pode ser abundantemente oferecida, Cristo pode rogar, Seus anjos, ministrar; tudo, porém, será em vão, a menos que eles próprios se levantem para travar o combate em seu próprio benefício. Te 111 4 As últimas palavras de Davi a Salomão, então jovem, e prestes a receber a coroa de Israel, foram: "Esforça-te ... e sê homem." 1 Reis 2:2. A todo filho da humanidade, candidato a uma coroa imortal, dirigem-se estas palavras da inspiração: "Esforça-te, e sê homem." Te 111 5 O condescendente consigo mesmo precisa ser levado a ver e sentir que grande renovação moral é necessária se quiser ser homem. Deus o chama a despertar, e na força de Cristo reconquistar a varonilidade dada por Deus, sacrificada pela pecaminosa condescendência consigo mesmo. Te 111 6 Ele pode -- ele precisa resistir ao mal -- Sentindo o terrível poder da tentação, o arrastamento do desejo que leva à fraqueza, muito homem brada em desespero: "Não posso resistir ao mal." Dizei-lhe que ele pode, que ele precisa resistir. Poderá haver sido derrotado uma e outra vez, mas não é necessário que seja sempre assim. Ele é fraco em força moral, dominado por hábitos de uma vida de pecado. Suas promessas e resoluções são como cordas de areia. A consciência das promessas não cumpridas e dos violados votos, enfraquece-lhe a confiança na própria sinceridade, fazendo com que ele sinta que Deus não o pode aceitar, nem cooperar com os seus esforços. Não precisa, entretanto, desesperar. Te 112 1 Os que põem em Cristo a confiança, não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar com o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar. Te 112 2 A força de vontade -- O tentado necessita compreender a verdadeira força da vontade. É este o poder que governa na natureza do homem -- o poder de decisão, de escolha. Tudo depende da devida ação da vontade. Os desejos em direção da bondade e da pureza, são em si mesmos justos; mas, se aí ficamos, nada aproveitam. Muitos descerão à ruína, enquanto esperam e desejam vencer suas más propensões. Eles não entregam a vontade a Deus. Não escolhem servi-Lo. Te 112 3 Precisamos escolher -- Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros, aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa vontade; então, Ele operará em nós o querer e o perfazer, segundo o Seu beneplácito. Assim, nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo. Te 112 4 Mediante o devido exercício da vontade, uma completa mudança pode ser operada na vida. Entregando a vontade a Cristo, aliamo-nos com o divino poder. Recebemos força do alto para nos manter firmes. Uma vida nobre e pura, uma vida vitoriosa sobre o apetite e a concupiscência, é possível a todo aquele que quiser unir sua vontade humana, fraca e vacilante, à onipotente e inabalável vontade de Deus. -- A Ciência do Bom Viver, 174-176. Te 113 1 Se a vontade é bem determinada -- A vontade é o poder que rege a natureza humana. Caso essa vontade seja bem determinada, todo o resto do ser se subordinará à sua direção. A vontade não é o gosto ou a inclinação, mas a escolha, o poder que decide, o régio poder que opera nos filhos dos homens para a obediência a Deus, ou a desobediência. Te 113 2 Estareis em constante perigo enquanto não compreenderdes a verdadeira força de vontade. Podeis crer e prometer tudo, mas vossas promessas e vossa fé não são de nenhum valor enquanto não puserdes a vontade do lado do direito. Se combaterdes o combate da fé com força de vontade, não há dúvida de que vencereis. Te 113 3 Quando pomos a vontade ao lado de Cristo -- Vossa parte é pôr a vontade ao lado de Cristo. Quando submeterdes a vontade à Sua, Ele toma imediatamente posse de vós, e opera em vós o querer e o perfazer segundo a Sua boa vontade. Vossa natureza é posta sob o controle de Seu Espírito. Vossos próprios pensamentos ficam-Lhe sujeitos. Se não vos é possível dominar os impulsos, as emoções segundo desejais, podeis dominar a vontade, e assim operar-se-á uma completa mudança em vossa vida. Quando entregais vossa vontade a Cristo, vossa vida fica escondida com Cristo em Deus. Acha-se aliada ao poder que é sobre todos os principados e potestades. Tendes uma força vinda de Deus que vos prende firmemente a Sua força; e uma nova vida, isto é, a vida da fé, torna-se possível para vós. Te 113 4 Nunca vos podereis elevar-nos a vós mesmos, a menos que vossa vontade esteja ao lado de Cristo, cooperando com o Espírito de Deus. Não sintais que não vos é possível; mas dizei: "Eu posso, eu farei." E Deus prometeu Seu Santo Espírito para ajudar-vos em todo esforço decidido. Te 114 1 É ouvido o mais débil grito pedindo auxílio -- Cada um de nós pode conhecer que há um poder cooperando com nossos esforços por vencer. Por que não lançarão os homens mão do auxílio que foi providenciado a fim de que eles se tornem elevados e enobrecidos? Por que se degradam pela satisfação do apetite pervertido? Por que não se levantam na força de Jesus, e são vitoriosos em Seu nome? A mais fraca oração que possamos fazer, Jesus ouvirá. Ele Se compadece da fraqueza de cada alma. Auxílio para cada um foi posto sobre Aquele que é poderoso para salvar. Aponto-vos Jesus Cristo, o Salvador do pecador, o qual, unicamente, vos pode dar poder para vencer em todo ponto. Te 114 2 Coroas para todos os que vencerem -- O Céu nos merece tudo. Não devemos arriscar-nos de maneira alguma nesse sentido. Não devemos ir à aventura nisso. Precisamos saber que nossos passos são ordenados pelo Senhor. Que Deus nos ajude na grande obra de vencer. Ele tem coroas para os que vencerem. Tem vestidos brancos para os justos. Tem um mundo eterno de glória para os que buscam glória, honra e imortalidade. Todo aquele que entrar na cidade de Deus, entrará aí como vencedor. Não penetrará nela como criminoso condenado, mas como filho de Deus. E as boas-vindas dadas a todo aquele que aí entrar será: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. Te 114 3 De boa vontade diria eu palavras que animassem essas almas trementes a se firmarem, pela fé, no poderoso Ajudador, a fim de poderem desenvolver um caráter que Deus Se agrade de contemplar. O Céu os pode convidar, e apresentar-lhes as mais escolhidas bênçãos, e podem ter toda facilidade de desenvolver caráter perfeito; mas tudo será em vão a menos que sejam voluntários para se ajudarem a si mesmos. Precisam aplicar as faculdades a eles dadas por Deus, ou submergirão cada vez mais, e não serão de nenhum valor para o bem, nem no tempo nem na eternidade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 147-149. ------------------------Capítulo 28 -- Vitória perdurável Te 115 1 Importância do viver saudável -- Os que estão em luta com o poder do apetite, devem ser instruídos nos princípios do viver saudável. Deve-se-lhes mostrar que a violação das leis da saúde, criando um estado enfermo e desejos não naturais, lança as bases para o hábito das bebidas alcoólicas. Unicamente vivendo em obediência aos princípios da saúde, podem eles libertar-se da sede de estimulantes contrários à natureza. Ao passo que dependem da força divina para quebrar as cadeias do apetite, devem cooperar com Deus pela obediência a Suas leis, tanto as morais, como as físicas. Te 115 2 Emprego; manutenção própria -- Os que se estão esforçando para reformar-se devem ser ajudados em obter emprego. Ninguém em condições de trabalhar, deve ser ensinado a esperar alimento, roupa e casa de graça. Por amor deles próprios, bem como dos outros, deve ser planejado um meio pelo qual produzam o equivalente àquilo que recebem. Animai todo esforço quanto à manutenção própria. Isto fortalecerá o respeito de si mesmo, e uma nobre independência. E a ocupação da mente e do corpo num trabalho útil é essencial como salvaguarda contra a tentação. Te 115 3 Decepções; perigos -- Os que trabalham pelos caídos serão decepcionados com muitos que dão esperança de reforma. Muitos não farão senão uma mudança superficial em seus hábitos e maneiras de proceder. São movidos por impulso, e por algum tempo podem parecer reformados; mas não há verdadeira mudança de coração. Acariciam o mesmo amor-próprio, têm a mesma sede de prazeres vãos, o mesmo desejo de satisfação própria. Não têm conhecimento da obra da formação do caráter, e não se pode confiar neles como homens de princípios. Rebaixaram suas faculdades mentais e espirituais pela satisfação do apetite e da paixão, o que os enfraquece. São inconstantes e mutáveis. Seus impulsos tendem à sensualidade. Essas pessoas são muitas vezes uma fonte de perigo para outros. Sendo considerados como homens e mulheres reformados, confiam-se-lhes responsabilidades, e são colocados em posições em que sua influência corrompe os inocentes. Te 116 1 Total dependência de Cristo a única solução -- Mesmo os que estão buscando sinceramente reformar-se, não se acham livres do perigo de cair. Precisam ser tratados com grande sabedoria, assim como com ternura. A tendência de lisonjear e exaltar os que foram salvos das maiores profundezas, provoca por vezes sua ruína. O costume de convidar homens e mulheres para relatar em público os incidentes de sua vida de pecado, é cheio de perigos, tanto para o que fala, como para os que escutam. Demorar o pensamento em cenas de mal, é corruptor para a mente e a alma. E o destaque em que se colocam os que são assim salvos, é-lhes prejudicial. Muitos são levados a pensar que sua vida pecaminosa lhes confere certa distinção. São animados o amor da notoriedade e o espírito de confiança em si mesmo, os quais se demonstram fatais à alma. Unicamente desconfiando de si mesmos e confiando na misericórdia de Cristo, podem eles subsistir. Te 116 2 Os recuperados devem ajudar os outros -- Todos os que dão provas de verdadeira conversão, devem ser animados a trabalhar pelos outros. Que ninguém repila uma alma que deixa o serviço de Satanás pelo de Cristo. Quando uma pessoa dá demonstração de que o Espírito de Deus está lutando com ela, dai-lhe toda animação para entrar no serviço do Senhor. "E tende piedade de uns, usando de discernimento." Judas 22. Os que são sábios na sabedoria que vem de Deus, verão almas necessitadas de auxílio, pessoas que se arrependeram sinceramente, mas que, sem animação, mal se atreveriam a afirmar-se na esperança. O Senhor porá no coração de Seus servos receber com agrado essas criaturas trementes, arrependidas, para seu amável convívio. Sejam quais forem seus pecados habituais, não importa quão baixo hajam elas caído, quando, em contrição se achegam a Cristo, Ele as recebe. Dai-lhes então alguma coisa a fazer para Ele. Se elas desejam trabalhar no erguimento de outros do abismo da destruição de que elas próprias foram salvas, dai-lhes oportunidade. Ponde-as em contato com cristãos experientes, a fim de obterem vigor espiritual. Enchei-lhes as mãos e o coração de trabalho para o Mestre. Te 117 1 Quando a luz resplandece na alma, alguns dos que pareciam mais entregues ao pecado se tornarão obreiros de êxito em favor de pecadores da mesma espécie que eles antes foram. Mediante a fé em Cristo, alguns se erguerão a elevadas posições de serviço, e ser-lhes-ão confiadas responsabilidades na obra de salvar almas. Eles vêem onde está sua própria fraqueza, compreendem a depravação de sua natureza. Conhecem a força do pecado e do mau hábito. Avaliam sua incapacidade para vencer sem o auxílio de Cristo, e seu constante clamor é: "Sobre Ti lanço minha desamparada alma." Te 117 2 Estes podem ajudar a outros. Aquele que tem sido tentado e provado, cuja esperança havia quase desaparecido, mas foi salvo ouvindo a mensagem de amor, é capaz de entender a ciência de salvar almas. Aquele cujo coração está cheio de amor para com Cristo, por haver sido, ele mesmo, procurado pelo Salvador e trazido de volta ao redil, sabe ir em busca dos perdidos. Pode encaminhar os pecadores ao Cordeiro de Deus. Entregou-se sem reservas a Deus, e foi aceito no Amado. Foi segurada a mão que, em fraqueza, se estendeu num pedido de socorro. Pelo ministério dessas pessoas, muitos pródigos serão levados ao Pai. -- A Ciência do Bom Viver, 176-179. Te 117 3 Ajudado pelo ajudar a outros -- Uma pessoa enfraquecida, e mesmo degradada por condescendências pecaminosas, pode tornar-se filha de Deus. Está em seu poder fazer constantemente bem aos outros, e ajudá-los a vencer a tentação; e assim fazendo, colherá benefício para si mesma. Pode ser no mundo uma luz clara e brilhante, e no fim ouvir a bênção: "Bem está, bom e fiel servo", dos lábios do Rei da glória. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 149. Te 118 1 Quando apresentada do ponto de vista dos cristãos -- Encontrei na Austrália um homem considerado isento de qualquer intemperança, com exceção de um hábito. Fumava. Esse homem veio ouvir-nos na tenda, e uma noite, depois de ir para casa, segundo nos disse posteriormente, lutou contra o hábito do fumo, e obteve a vitória. Alguns dos parentes lhe haviam dito que lhe dariam cinqüenta libras, caso jogasse fora o fumo. Ele não o queria fazer. "Mas", disse-nos, "quando nos apresentais os princípios da temperança pela maneira por que o fizestes, não me é possível resistir. Apresentais diante de nós a abnegação dAquele que deu a vida por nós. Não O conheço agora, mas desejo conhecê-Lo. Nunca fiz oração em minha casa. Atirei fora o fumo, mas só fui até aí." Te 118 2 Oramos com ele, e depois que o deixamos, escrevemos-lhe e visitamo-lo mais tarde outra vez. Afinal, chegou ao ponto de entregar-se a Deus, e está-se tornando na verdade a coluna da igreja no lugar em que mora. Está trabalhando de todo o coração para levar os parentes ao conhecimento da verdade. -- Evangelismo, 531, 532. Te 118 3 Um pescador obtém a vitória -- Nesse lugar converteu-se recentemente um pescador à verdade. Conquanto fosse anteriormente acostumado à planta venenosa, pela graça de Deus, decidiu abandoná-la dali em diante. Foi-lhe perguntado: "Foi-lhe muito difícil a luta para deixá-la?" "Eu pensava que fosse", respondeu ele, "mas vi a verdade como me foi apresentada. Aprendi que o fumo era prejudicial. Orei ao Senhor para que me ajudasse a abandoná-lo, e Ele me auxiliou de maneira deveras assinalada. Mas ainda não sei se posso deixar minha xícara de chá. Ela me estimula, e sei que teria uma forte dor de cabeça se não a tomasse." Te 119 1 Foram-lhe expostos os males de tomar chá pela irmã Sara McEnterfer. Ela o animou a ter coragem moral para experimentar que poderia fazer por ele o abandono do chá. Ele disse: "Eu o farei." Dentro de duas semanas esse homem deu seu testemunho numa reunião. "Quando eu disse que deixaria o chá", disse ele, "eu o pretendia fazer. Não o bebi, e o resultado foi uma fortíssima dor de cabeça. Mas pensei: Hei de eu continuar a tomar chá para evitar a dor de cabeça? Preciso ser tão dependente dele que, quando o deixo fico nestas condições? Agora sei que seu efeito é mau. Não o hei de usar mais. Não o tomei mais desde então, e me sinto cada dia melhor. Minha dor de cabeça não me aflige mais. Tenho a mente mais clara que dantes. Posso entender melhor as Escrituras quando as leio." Te 119 2 Pensei nesse homem, pobre no que respeita a bens deste mundo, mas de força moral para romper com o fumo e com o chá, hábitos de sua meninice. Não pleiteou por um pouco de condescendência no fazer o que é errado. Não; concluiu que o fumo e o chá eram nocivos, e que sua influência precisava estar do lado do direito. Tem dado provas de que o Espírito Santo lhe está operando na mente e no caráter para torná-lo um vaso de honra. -- Manuscrito 86, 1897. Te 119 3 Resistir em sua força -- O Senhor tem um remédio para todo homem assediado por forte desejo de bebida alcoólica ou fumo, ou qualquer outra coisa nociva que destrói a capacidade cerebral e contamina o corpo. Ele nos manda sair do meio delas e ser separados, e não tocar coisa imunda. Cumpre-nos dar um exemplo de temperança cristã. Fazer tudo ao nosso alcance pela abnegação e o sacrifício, para controlar o apetite. E havendo feito tudo, pede-nos que resistamos -- resistamos em Sua força. Deseja que sejamos vitoriosos em todo conflito com o inimigo de nossa alma. Deseja que procedamos com entendimento, como sábios generais de um exército, como homens que possuem perfeito domínio sobre si mesmos. -- Manuscrito 38, 1905. ------------------------Capítulo 29 -- Auxílio para o tentado Te 120 1 "Tomai sobre vós o meu jugo" -- Jesus olhava aos aflitos e desalentados, aqueles cujas esperanças se haviam desvanecido, e que procuravam, com alegrias terrenas, acalentar os anseios da alma, e convidava todos a nEle buscarem descanso. Te 120 2 Com ternura pedia ao fatigado povo: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. Te 120 3 Por estas palavras, Cristo Se dirigia a todos os seres humanos. Saibam-no eles ou não, todos se acham cansados e oprimidos. Todos estão vergados sob fardos que unicamente Cristo pode remover. O mais pesado fardo que levamos é o do pecado. Se fôssemos deixados a suportar-lhe o peso, ele nos esmagaria. Mas Aquele que era sem pecado tomou-nos o lugar. "O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de nós todos." Isaías 53:6. Te 120 4 Ele carregou o fardo de nossa culpa. Ele tomará o peso de nossos cansados ombros. Ele nos dará descanso. O fardo de cuidado e aflição, Ele o conduzirá também. Convida-nos a lançar sobre Ele toda a nossa solicitude; pois nos traz sobre o coração. Te 120 5 Cristo conhece as fraquezas da humanidade -- O Irmão mais velho de nossa raça está ao pé do trono eterno. Atenta para toda alma que volve o rosto para Ele como o Salvador. Conhece por experiência o que são as fraquezas da humanidade, quais as nossas necessidades; e onde está a força de nossas tentações; pois "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado". Hebreus 4:15. Está velando por ti, tremente filho de Deus. Estás tentado? Ele te livrará. Sentes-te fraco? Fortalecer-te-á. És ignorante? Esclarecer-te-á. Estás ferido? Há de te curar. O Senhor "conta o número das estrelas"; e todavia "sara os quebrantados de coração, e liga-lhes as feridas". Salmos 147:4, 3. Te 120 6 Sejam quais forem vossas ansiedades e provações, exponde vosso caso perante o Senhor. Vosso espírito será fortalecido para a resistência. O caminho se abrirá para vos libertardes de todo embaraço e dificuldade. Quanto mais fraco e impotente vos reconhecerdes, tanto mais forte vos tornareis em Sua força. Quanto mais pesados vossos fardos, tanto mais abençoado o descanso em os lançar sobre vosso Ajudador. -- A Ciência do Bom Viver, 71, 72. Te 121 1 Poder para enfrentar toda tentação -- Aquele que crê verdadeiramente em Cristo é feito participante da natureza divina, e tem poder de que se pode lançar mão sob qualquer tentação. -- The Review and Herald, 14 de Janeiro de 1909. Te 121 2 Visto que o homem caído não podia vencer Satanás em sua própria força humana, veio Cristo das cortes reais do Céu a fim de ajudá-lo com Sua força humana e divina conjugadas. Cristo sabia que Adão no Éden, com suas vantagens superiores, poderia haver resistido às tentações de Satanás e tê-lo vencido. Sabia também que não era possível ao homem fora do Éden, separado da luz e do amor de Deus desde a queda, resistir às tentações de Satanás em sua própria força. A fim de trazer esperança ao homem, e salvá-lo de ruína completa, humilhou-Se a tomar sobre Si a natureza humana, para que com Seu divino poder aliado ao humano, pudesse atingir o homem onde se achava. Ele obteve para os caídos filhos e filhas de Adão aquela resistência que lhes é impossível adquirir por si mesmos, para que em Seu nome, pudessem vencer as tentações de Satanás. -- Redemption; or the Temptation of Christ in The Wilderness, 44. Te 121 3 Auxílio para doenças que os enfermos haviam trazido sobre si mesmos -- Muitos dos que iam ter com Cristo em busca de auxílio, haviam trazido sobre si a enfermidade; todavia Ele não Se recusava a curá-los. E quando a virtude que dEle provinha penetrava nessas almas, elas experimentavam a convicção do pecado, e muitos eram curados de sua enfermidade espiritual, bem como da moléstia física. -- A Ciência do Bom Viver, 73. Te 121 4 Poder para libertar o cativo -- Sobre os ventos e as ondas, e sobre homens possessos de demônios, mostrou Cristo que tinha absoluto poder. Aquele que fez emudecer a tempestade e acalmou o revoltoso mar, comunicou paz a espíritos enlouquecidos e subjugados por Satanás. Te 122 1 Na sinagoga de Cafarnaum, estava Jesus falando sobre Sua missão de libertar os escravos do pecado. Foi interrompido por um urro de terror. Um louco precipitou-se para a frente, por entre o povo, gritando. "Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus." Te 122 2 Jesus repreendeu o demônio, dizendo. "Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal." Marcos 1:24; Lucas 4:35. Te 122 3 A causa da aflição deste homem se achava também em sua própria vida. Fora fascinado pelos prazeres do pecado, e pensara tornar a vida um grande carnaval. A intemperança e a frivolidade perverteram os nobres atributos de sua natureza, e Satanás tomou inteira posse dele. Demasiado tarde veio o remorso. Quando ele teria sacrificado riqueza e prazer para reconquistar sua perdida varonilidade, tinha-se tornado impotente nas garras do maligno. Te 122 4 Em presença do Salvador foi despertado para ansiar a liberdade; mas o demônio resistia ao poder de Cristo. Quando o homem tentava apelar para Jesus em busca de socorro, o mau espírito pôs-lhe nos lábios as palavras, e ele gritou em angústia de temor. O endemoninhado compreendeu em parte achar-se em presença dAquele que o podia pôr em liberdade; mas quando tentou colocar-se ao alcance daquela poderosa mão, outra vontade o segurou; as palavras de outro foram por ele proferidas. Te 122 5 Terrível foi o combate entre o poder de Satanás e seu próprio desejo de libertação. Parecia que o torturado homem devesse perder a vida na luta com o inimigo que fora a ruína de sua varonilidade. Mas o Salvador falou com autoridade e pôs livre o cativo. O homem que havia estado possesso achava-se perante o povo maravilhado, na liberdade da posse de si mesmo. Te 123 1 Com voz de júbilo deu louvores a Deus pelo livramento. Os olhos que, ainda há pouco, fulguravam com o brilho da loucura, cintilavam agora de inteligência, e nadavam em lágrimas de reconhecimento. O povo emudecera de pasmo. Assim que recuperaram a palavra, exclamavam uns para os outros: "Que é isto? que nova doutrina é esta? pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles Lhe obedecem." Marcos 1:27. Te 123 2 Libertação para os necessitados de hoje -- Multidões existem hoje tão verdadeiramente sob o poder dos maus espíritos como estava o endemoninhado de Cafarnaum. Todos aqueles que voluntariamente se apartam dos mandamentos de Deus, estão-se colocando sob o domínio de Satanás. Muito homem brinca com o mal, julgando que o pode deixar quando lhe aprouver; mas é engodado mais e mais, até que se encontra dominado por uma vontade mais forte que a sua própria. Não lhe pode escapar ao misterioso poder. Pecado secreto ou paixão dominante o pode reter cativo, tão impotente como se achava o endemoninhado de Cafarnaum. Te 123 3 Todavia sua condição não é desesperadora. Deus não domina nossa mente sem nosso consentimento; mas todo homem é livre para escolher o poder que deseja domine sobre ele. Ninguém caiu tão baixo, ninguém há tão vil, que não possa encontrar libertação em Cristo. O endemoninhado, em lugar de oração, não podia proferir senão as palavras de Satanás; todavia o não emitido apelo do coração foi ouvido. Nenhum grito de uma alma em necessidade, se bem que deixe de ser enunciado em palavras, será desatendido. Os que concordam em entrar em concerto com Deus, não são deixados entregues ao poder de Satanás ou à enfermidade de sua própria natureza. Te 123 4 "Tirar-se-ia a presa ao valente? ou os presos justamente escapariam? ... Assim diz o Senhor: Por certo que os presos se tirarão ao valente, e a presa do tirano escapará; porque Eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos Eu remirei." Isaías 49:24, 25. Te 124 1 Maravilhosa será a transformação operada naquele que, pela fé, abre a porta do coração ao Salvador. -- A Ciência do Bom Viver, 91-93. Te 124 2 O amor de Cristo pela alma enredada -- Jesus conhece as circunstâncias de toda alma. Quanto maior a culpa do pecador, tanto mais necessita ele do Salvador. Seu coração de divino amor e simpatia é atraído acima de tudo para aquele que se acha mais desesperadoramente enredado nos laços do inimigo. Com Seu próprio sangue assinou Ele a carta de emancipação da raça humana. Te 124 3 Jesus não deseja que os que por tal preço foram adquiridos, sejam o joguete das tentações do inimigo. Não deseja que sejamos vencidos e venhamos a perecer. Aquele que fechou a boca aos leões na cova, e andou com Seus fiéis por entre as chamas da fornalha, está igualmente disposto a trabalhar em nosso favor, a subjugar todo mal em nossa natureza. Hoje está Ele ao altar da misericórdia, apresentando perante Deus as súplicas dos que Lhe desejam o auxílio. Não repele nenhuma criatura chorosa e arrependida. Perdoa abundantemente a todos quantos vão ter com ele em busca de perdão e restauração. Ele não conta a ninguém tudo quanto poderia revelar, mas manda a toda alma tremente que tenha ânimo. Quem quiser, pode apoderar-se da força de Deus, e fazer paz com Ele, e Ele fará paz. Te 124 4 As almas que se volvem para Ele em busca de refúgio, Jesus ergue acima das acusações e da contenda das línguas. Nem homem nem anjo mau algum podem comprometer essas almas. Cristo as liga a Sua própria natureza divino-humana. -- A Ciência do Bom Viver, 89, 90. Te 124 5 Promessas preciosas -- Estas preciosas promessas toda alma que permanece em Cristo pode tornar suas. Ela pode dizer: Te 124 6 "Eu... esperarei no Senhor; Esperarei no Deus da minha salvação: O meu Deus me ouvirá. Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; Se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz. Te 125 1 "Tornará a apiedar-Se de nós; Subjugará as nossas iniqüidades, E lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar!" Miquéias 7:7, 8, 19. Te 125 2 Deus tem prometido: Te 125 3 "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro, E mais raro do que o ouro fino de Ofir." Isaías 13:12. Te 125 4 "Ainda que vos deiteis entre redis, Sereis como as asas de uma pomba, cobertas de prata, Com as suas penas de ouro amarelo." Salmos 68:13. Te 125 5 Aqueles a quem mais Cristo perdoou, mais O amarão. São estes os que, no dia final, mais perto se acharão de Seu trono. Te 125 6 "E verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome." Apocalipse 22:4. -- A Ciência do Bom Viver, 182. ------------------------Capítulo 30 -- Conselhos quanto à maneira de trabalhar Te 126 1 A obra de temperança um assunto vivo -- Toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra do evangelho, e tende ao erguimento da alma a uma vida nova e mais nobre. A obra da temperança, especialmente, requer o apoio dos obreiros cristãos. Eles devem chamar a atenção para essa obra, tornando-a objeto de vivo interesse. Por toda parte devem apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o voto da mesma. Fervorosos esforços se devem fazer em favor dos que se acham escravizados aos maus hábitos. Te 126 2 Há por toda parte uma obra a ser feita por aqueles que caíram devido à intemperança. Entre as igrejas, as instituições religiosas, e lares professamente cristãos, muitos jovens estão seguindo a vereda da ruína. Por hábitos de intemperança, trazem sobre si mesmos a enfermidade, e pela ganância de obter dinheiro para pecaminosas transigências, caem em práticas desonestas. Arruínam a saúde e o caráter. Alienados de Deus, rejeitados pela sociedade, essas pobres almas se sentem sem esperança tanto para esta vida como para a outra, por vir. O coração dos pais fica quebrantado. Os homens falam desses extraviados como casos sem esperança; assim não os considera Deus. Ele compreende todas as circunstâncias que os têm tornado o que são, e os contempla com piedade. Esta é uma classe que demanda auxílio. Nunca lhes deis ocasião de dizer: "Ninguém se importa com a minha alma." Te 127 1 Dar atenção primeiro às condições físicas -- Acham-se entre as vítimas da intemperança homens de todas as classes e profissões. Homens de elevada posição, de notáveis talentos, de grandes consecuções, têm cedido aos apetites a ponto de se tornarem incapazes de resistir à tentação. Alguns que eram dantes possuidores de fortuna, encontram-se sem lar, sem amigos, em sofrimento e miséria, enfermidade e degradação. Perderam o domínio de si mesmos. A menos que uma mão ajudadora lhes seja estendida, hão de cair mais e mais baixo. Aliada a essa condescendência consigo mesmo se acha, não somente um pecado moral, mas uma doença física. Te 127 2 Muitas vezes, ao ajudar os intemperantes, devemos, como Cristo fazia tão freqüentemente, atender primeiro a suas condições físicas. Necessitam alimento e bebida saudáveis, não estimulantes, roupas limpas, oportunidades de manter o asseio físico. Necessitam ser rodeados de uma atmosfera de salutar e enobrecedora influência cristã. Deve-se prover em toda cidade um lugar em que os escravos dos maus hábitos possam receber auxílio para quebrar as cadeias que os prendem. A bebida forte é considerada por muitos o único consolo na aflição; mas não será preciso que seja assim, se, em lugar de desempenhar o papel do sacerdote e do levita, os professos cristãos seguirem o exemplo do bom samaritano. Te 127 3 É necessário paciência no trato com ébrios possessos de demônio -- Ao lidar com as vítimas da intemperança, cumpre-nos lembrar que não estamos tratando com pessoas de são juízo, mas com aqueles que, de momento, se acham sob o poder de um demônio. Sede pacientes e brandos. Não penseis na desagradável, repulsiva aparência, mas na preciosa vida para cuja redenção Cristo morreu. Ao despertar o ébrio para o sentimento de sua degradação, fazei quanto estiver ao vosso alcance para lhe mostrar que sois seu amigo. Não profirais uma palavra de censura ou de repugnância. É muito provável que a pobre alma se maldiga a si mesma. Ajudai-a a se erguer. Dirigi-lhe palavras que alentem a fé. Procurai fortalecer todo bom traço em seu caráter. Ensinai-lhe a maneira de galgar um nível mais elevado. Mostrai-lhe que é possível viver de modo a granjear o respeito de seus semelhantes. Ajudai-o a ver o valor dos talentos que Deus lhe tem dado, mas que ele tem negligenciado desenvolver. Te 128 1 Embora se haja a vontade depravado e enfraquecido, existe para ele esperança em Cristo. Este lhe despertará no coração mais elevados impulsos e desejos mais santos. Animai-o a apoderar-se da esperança que se lhe apresenta no evangelho. Abri a Bíblia ao tentado e lutador, lendo-lhe repetidamente as promessas de Deus. Estas promessas serão para ele como as folhas da árvore da vida. Continuai pacientemente em vossos esforços, até que, com reconhecida alegria, a trêmula mão se apegue à esperança da redenção em Cristo. Te 128 2 Necessários esforços continuados -- Deveis apegar-vos firmemente àqueles a quem buscais ajudar, do contrário jamais obtereis a vitória. Eles serão continuamente tentados para o mal. Serão repetidamente quase vencidos pelo intenso desejo da bebida forte; aqui e ali poderão cair; não cesseis, entretanto, por isso, os vossos esforços. Te 128 3 Eles decidiram fazer um esforço para viver para Cristo; sua força de vontade, porém, acha-se enfraquecida, e devem ser cuidadosamente guardados pelos que velam pelas almas como quem por elas têm de dar contas. Eles perderam sua varonilidade, que devem reconquistar. Muitos têm de lutar contra fortes tendências hereditárias para o mal. Fortes desejos não naturais, impulsos sensuais, eis a herança que por nascimento receberam. Contra os mesmos devem ser cuidadosamente guardados. Interior e exteriormente, estão o bem e o mal em luta pela preponderância. Os que nunca passaram por tais experiências, não podem conhecer o quase avassalador poder do apetite, ou o feroz conflito entre os hábitos de condescendência consigo mesmo e a decisão de ser temperante em todas as coisas. Essa batalha deve ser travada uma e muitas vezes. Te 128 4 Não desanimar-se por causa dos que não persistem -- Muitos dos que são atraídos a Cristo não possuirão força moral para continuar a luta contra o apetite e a paixão. O obreiro não deve, no entanto, se desanimar por isso. São apenas os que foram salvos das maiores profundidades, os que apostatam? Te 129 1 Lembrai-vos de que não trabalhais sozinhos. Anjos ministradores se unem em serviço a todo o sincero filho e filha de Deus. E Cristo é o restaurador. O grande Médico mesmo Se acha ao lado dos fiéis obreiros, dizendo à alma arrependida: "Filho, perdoados estão os teus pecados." Marcos 2:5. Te 129 2 Muitos entrarão no céu -- Muitos serão os párias que se apoderarão da esperança que lhes é apresentada no evangelho e entrarão no reino do Céu, ao passo que outros que foram beneficiados com grandes oportunidades e grande luz, que não aproveitaram, serão deixados nas trevas exteriores. -- A Ciência do Bom Viver, 171-174. Te 129 3 Impulsos bons sob exterior repugnante -- Desanimamos muito facilmente com os que não correspondem imediatamente aos nossos esforços. Nunca devemos deixar de trabalhar por uma alma enquanto houver um raio de esperança. As almas preciosas custaram a nosso Redentor demasiado caro para serem levianamente abandonadas ao poder do tentador. Te 129 4 Necessitamos colocar-nos a nós mesmos no lugar dos tentados. Considerai o poder da hereditariedade, a influência das más companhias e do ambiente, a força dos maus hábitos. Podemos nós admirar-nos de que, sob tais influências, muitos se degradem? Podemos admirar que sejam tardios em corresponder aos nossos esforços pelo seu erguimento? Te 129 5 Muitas vezes, quando conquistados para o evangelho, aqueles que se afiguravam vulgares e não promissores, achar-se-ão entre os mais leais de seus adeptos e defensores. Não estão inteiramente corrompidos. Sob um desagradável exterior, há impulsos bons que podem ser atraídos. Sem uma mão ajudadora, muitos há que nunca se haveriam de restabelecer, mas mediante esforço paciente e perseverante, podem ser levantados. Essas pessoas requerem ternas palavras, bondosa consideração, auxílio real. Necessitam aquela espécie de conselho que não extinguirá o débil raio de ânimo na alma. Considerem isto os obreiros que se põem em contato com elas. Te 130 1 Frutos do milagre da graça -- Alguns se acham cuja mente foi por tão longo tempo aviltada, que nunca na vida se tornarão aquilo que poderiam ter sido sob mais favoráveis circunstâncias. Mas os brilhantes raios do Sol da Justiça podem resplandecer na alma. É seu privilégio possuir aquela vida que se estende paralela à vida de Deus. Implantai-lhes na mente pensamentos que elevem e enobreçam. Que vossa vida lhes patenteie a diferença entre o vício e a pureza, a treva e a luz. Leiam eles em vosso exemplo o que significa ser cristão. Cristo é capaz de levantar os maiores pecadores, colocando-os no estado em que serão reconhecidos como filhos de Deus, herdeiros com Cristo da herança imortal. Te 130 2 Pelo milagre da divina graça, muitos podem tornar-se aptos para uma vida de utilidade. Desprezados e abandonados, perderam por completo o ânimo; talvez pareçam insensíveis e indiferentes. Sob o ministério do Espírito Santo, todavia, a estupidez que faz parecer impossível seu erguimento desaparecerá. A mente pesada, obscurecida, despertará. O escravo do pecado será posto em liberdade. O vício desaparecerá, será vencida a ignorância. Mediante a fé que opera por amor, o coração será purificado e a mente iluminada. -- A Ciência do Bom Viver, 168, 169. ------------------------Capítulo 31 -- O obreiro da temperança Te 130 3 Requer-se trabalho pessoal -- O trabalho missionário não consiste meramente em pregar. Inclui trabalho pessoal por aqueles que prejudicaram a própria saúde e se colocaram em situação de não possuir força moral para dominar o apetite e as paixões. Essas almas devem ser cuidadas da mesma maneira que as mais favorecidas. Nosso mundo está cheio de sofredores. -- Evangelismo, 265. Te 130 4 O exemplo do domínio de si mesmo -- Aqueles que se dominam a si mesmos estão aptos a trabalhar pelos fracos e errantes. Lidarão terna e pacientemente com eles. Por seu próprio exemplo, mostrarão o que é direito, e depois buscarão pôr os errantes onde se encontrem sob influências boas. Te 131 1 "Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos Meus estatutos, e não os guardastes. Tornai vós para Mim, e Eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?" Te 131 2 Se qualquer de vós encontrar outros que estejam em incerteza quanto ao que devem fazer, deve mostrar-lho. Cada um deve estar empenhado na obra de salvar almas. Cada um deve estar preparado para instruir na ciência da salvação. -- Manuscrito 38, 1905. Te 131 3 Sede compassivos e humanos -- Compreendamos como nos devemos aproximar do povo. Não há maneira melhor de fazê-lo do que ser compassivos e pôr-nos em seu lugar. Se sabeis de pessoas que se encontram doentes e em necessidade de assistência, ajudai-as, procurai aliviar-lhes o sofrimento. Ao assim fazerdes, o poder do Senhor falará por meio disso a sua alma. -- The General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901. Te 131 4 Atraí por simpatia e amor -- As pessoas são atraídas pela simpatia e o amor; e muitos podem ser assim conquistados para as fileiras de Cristo, e reformar-se; não podem, porém, ser forçados ou tangidos. Paciência cristã, sinceridade, consideração e cortesia para com todos os que não vêem a verdade como nós, exercerão poderosa influência para o bem. Importa aprendermos a não ir demasiado depressa, e exigirmos demais dos recém-convertidos à verdade. -- Manuscrito 1, 1878. Te 131 5 Estímulo às pequeninas atenções -- Em todas as nossas relações devemos lembrar que há, na vida dos outros, capítulos fechados às vistas mortais. Há, nas páginas da memória, tristes histórias que são sagradamente guardadas de olhares curiosos. Aí se encontram registradas longas, renhidas batalhas com circunstâncias probantes, talvez perturbações da vida doméstica, que enfraquecem dia a dia o ânimo, a confiança e a fé. Os que estão pelejando o combate da vida em grande desvantagem de condições, podem ser fortalecidos e animados por pequeninas atenções que não custam senão um amorável esforço. Para esses, o caloroso e ajudador aperto de mão dado por verdadeiro amigo, vale mais que prata ou ouro. As palavras de bondade são recebidas com tanto agrado, como o sorriso dos anjos. -- A Ciência do Bom Viver, 158. Te 132 1 Oferecer algo melhor -- não atacar -- De pouca utilidade é procurar reformar outros atacando o que podemos considerar maus hábitos. Tais esforços dão muitas vezes em resultado mais dano que bem. Em Sua conversa com a samaritana, em lugar de desmerecer o poço de Jacó, Cristo apresentou alguma coisa melhor. "Se tu conheceras o dom de Deus", disse Ele, "e quem é que te diz: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva." João 4:10. Desviou a conversa para o tesouro que tinha a dar, oferecendo à mulher alguma coisa melhor do que ela possuía, a própria água viva, a alegria e a esperança do evangelho. Isto é uma ilustração do modo por que devemos trabalhar. Temos de oferecer aos homens alguma coisa melhor do que eles possuem, a própria paz de Cristo, que excede todo o entendimento. Cumpre-nos falar-lhes da santa Lei de Deus, a transcrição de Seu caráter, e uma expressão daquilo que Ele quer que se tornem. Mostrai-lhes quão infinitamente superior às fugazes alegrias e prazeres do mundo é a imperecível glória celeste. Falai-lhes da liberdade e do repouso que se encontram no Salvador. "Aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca terá sede" (verso 14), declarou Ele. Te 132 2 Exaltai a Jesus, clamando: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." João 1:29. Unicamente Ele pode satisfazer o anseio do coração, e dar paz à alma. Te 132 3 Abnegados, bondosos, corteses -- De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. O obreiro que manifesta falta de cortesia, que mostra impaciência ante a ignorância dos outros ou por se acharem extraviados, que fala bruscamente ou procede sem reflexão, pode cerrar a porta de corações por tal maneira que nunca mais lhes seja dado conquistá-los. Te 133 1 Como o orvalho e a chuva branda caem nas ressequidas plantas, assim deixai cair suavemente as palavras quando procurais desviar os homens de seus erros. O plano de Deus é conquistar primeiro o coração. Devemos falar a verdade com amor, confiando nEle quanto ao poder para a reforma da vida. O Espírito Santo aplicará ao coração a palavra proferida com amor. Te 133 2 Somos naturalmente egocêntricos e opiniosos. Mas, ao aprendermos as lições que Cristo nos deseja ensinar, tornamo-nos participantes de Sua natureza; daí em diante, vivemos a Sua vida. O maravilhoso exemplo de Cristo, a incomparável ternura com que compreendia os sentimentos dos outros, chorando com os que choravam e Se regozijando com os que se regozijavam, deve exercer profunda influência sobre o caráter de todos quantos O seguem em sinceridade. Mediante palavras e atos bondosos, procurarão facilitar o trilho aos pés cansados. -- A Ciência do Bom Viver, 156-158. Te 133 3 A moeda perdida -- ainda preciosa -- A moeda perdida, da parábola do Salvador, conquanto se achasse na sujeira e lixo, era ainda um pedaço de prata. Sua possuidora buscou-a porque era de valor. Assim toda alma, ainda que aviltada pelo pecado, é aos olhos de Deus reputada preciosa. Como a moeda trazia a imagem e inscrição do poder dominante, assim apresentava o homem na sua criação a imagem e inscrição de Deus. Embora estejam ao presente manchados e obscurecidos pela influência do pecado, os traços dessa inscrição permanecem em cada alma. Deus deseja readquirir essa alma, e retraçar sobre ela Sua própria imagem em justiça e santidade. Te 133 4 Quão pouco nos ligamos com Cristo em simpatia naquilo que devia ser o mais forte laço de união entre nós e Ele -- a compaixão para com as almas depravadas, culpadas, sofredoras, mortas em ofensas e pecados! A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado. Muitos pensam que estão representando a justiça de Deus, ao passo que deixam inteiramente de Lhe representar a ternura e o grande amor. Muitas vezes aqueles a quem eles abordam com severidade e desabrimento, se acham sob o jugo da tentação. Satanás está lutando com essas almas, e palavras ásperas, destituídas de simpatia, desanimam-nas, fazendo-as cair presa do poder do tentador. -- A Ciência do Bom Viver, 163. Te 134 1 Censura alguma à ovelha desgarrada -- A parábola da ovelha perdida é eloqüente ilustração do amor do Salvador pelos errantes. O Pastor deixa as noventa e nove no abrigo do redil, enquanto sai em busca da ovelha perdida, a perecer; e ao encontrá-la, põe-na aos ombros, e volta em regozijo. Não criticou a ovelha extraviada; não disse: "Que se vá, se quiser"; mas foi em meio a geada, a neve e a tempestade, a salvar a perdida. E prosseguiu pacientemente a busca até encontrar o objeto de Sua solicitude. Te 134 2 Assim devemos tratar a errante, desgarrada. Devemos estar dispostos a sacrificar nossa comodidade e conforto quando uma alma por quem Cristo morreu se acha em perigo. Disse Jesus: "Haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." Como foi manifestado regozijo pela recuperação da ovelha perdida, assim será manifestada grandíssima alegria e gratidão por parte dos verdadeiros servos de Cristo quando uma alma é salva da morte. -- Manuscrito 1, 1878. Te 134 3 Cristo nos mostrará como -- Somos chamados a trabalhar com energia sobre-humana, trabalhar com o poder que está em Jesus Cristo. Aquele que desceu a tomar a natureza humana é Aquele que nos mostrará como dirigir a batalha. Cristo deixou Sua obra em nossas mãos, e devemos lutar com Deus, suplicando dia e noite pelo poder invisível. É apegando-nos a Deus mediante Jesus Cristo que se obtém a vitória. -- Testimonies for the Church 6:111. Te 135 1 A gratidão dos salvos -- O valor de uma alma não pode ser plenamente avaliado por mentes finitas. Com quanta gratidão hão de os remidos e glorificados relembrar aqueles que foram instrumentos em sua salvação! Ninguém lamentará então os abnegados esforços e trabalho perseverante que fez, sua paciência, indulgência e ardentes anseios do coração por almas que se poderiam haver perdido, houvesse ele negligenciado seu dever ou se cansado de fazer o bem. -- Manuscrito 1, 1878. Te 135 2 Salvaguardas para os obreiros -- As tentações a que todos os dias estamos expostos fazem da oração uma necessidade. Os perigos nos assaltam em todo caminho. Os que procuram arrebatar os outros do vício e da ruína, estão particularmente expostos à tentação. Em constante contato com o mal, necessitam apegar-se fortemente a Deus, para não serem eles mesmos corrompidos. Breves e decisivos são os passos que conduzem os homens de um plano elevado e santo a um nível inferior. Num só momento, podem ser tomadas decisões que determinem o destino eterno. Uma fraqueza por vencer deixa a alma desamparada. Um mau hábito, a que se não resistiu com firmeza, fortalecer-se-á em cadeias de aço, prendendo completamente o homem. Te 135 3 O motivo por que tantos são abandonados a si mesmos em lugares de tentação, é não terem o Senhor constantemente diante dos olhos. Quando permitimos que nossa comunhão com Deus seja quebrada, ficamos sem defesa. Todos os bons objetivos e boas intenções que tenhais, não vos tornarão aptos a resistir ao mal. Deveis ser homens e mulheres de oração. Vossas petições não devem ser débeis, ocasionais e irregulares, mas fervorosas, perseverantes e constantes. Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando, e quando estais ocupados com os trabalhos diários. Que vosso coração se eleve de contínuo em silêncio pedindo auxílio, luz, força, conhecimento. Que cada respiração seja uma oração. Te 135 4 Proteção para aqueles que fazem de Deus sua confiança Confiança -- Como obreiros de Deus, devemos atingir os homens onde eles estão, rodeados de trevas, atolados no vício, manchados pela corrupção. Mas, fixando os olhares sobre Aquele que é o nosso Sol e o nosso escudo, o mal que nos rodeia não manchará nossas vestes. Enquanto trabalhamos para salvar as almas que estão prestes a perecer, não seremos envergonhados se pusermos confiança em Deus. Cristo no coração, Cristo na vida, eis a nossa segurança. A atmosfera de Sua presença encherá a alma de horror a tudo o que é mau. Nosso espírito pode de tal maneira identificar-se com o Seu, que seremos um com Ele em nossos pensamentos e intenções. -- A Ciência do Bom Viver, 509-511. ------------------------Capítulo 32 -- O que envolve a verdadeira temperança Te 137 1 Atingir o mais elevado grau de perfeição -- "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." Te 137 2 Apenas um prazo de vida nos é concedido; e a pergunta, para todos, devia ser: Como posso empregar minha vida de maneira que ela me traga o maior proveito? Como posso fazer o máximo para glória de Deus e benefício de meus semelhantes? Pois a vida só é de valor na proporção em que é empregada para consecução desses objetivos. Te 137 3 Nosso primeiro dever para com Deus e nosso semelhante é o nosso próprio desenvolvimento. Toda faculdade com que o Criador nos dotou deve ser cultivada ao máximo grau de perfeição, para que sejamos capazes de produzir a maior soma de bem que nos seja possível. Daí ser bem empregado o tempo gasto em firmar e conservar boa saúde física e mental. Não nos podemos permitir entravar ou mutilar uma única função da mente ou do corpo por excesso de trabalho ou por maltrato de qualquer parte do mecanismo vivo. Se assim fizermos, certo é sofrermos as conseqüências. Te 137 4 Intemperança, no verdadeiro sentido da palavra, encontra-se à base da maior parte dos males da vida, e destrói anualmente suas dezenas de milhares. Pois a intemperança não se limita ao uso de bebidas intoxicantes; tem mais ampla significação, e inclui as nocivas satisfações de qualquer apetite ou paixão. -- The Signs of the Times, 17 de Novembro de 1890. Te 138 1 Excesso no comer, beber, dormir e ver -- Excessiva condescendência quanto ao comer, beber, dormir ou ver, é pecado. A ação harmônica saudável de todas as faculdades do corpo e da mente produz felicidade; quanto mais elevadas e apuradas as faculdades, tanto mais pura e perfeita é a felicidade. -- Testimonies for the Church 4:417. Te 138 2 Temperança no alimento ingerido -- Os princípios de temperança devem ser levados mais longe do que a mera abstenção de bebidas espirituosas. O uso de alimento estimulante e indigesto é, muitas vezes, tão ofensivo à saúde como aquelas, e em muitos caso lança as sementes da embriaguez. A verdadeira temperança nos ensina a dispensar inteiramente todas as coisas nocivas, e usar judiciosamente aquilo que é saudável. Poucos há que se compenetram, como deviam, do quanto seus hábitos no regime alimentar têm que ver com sua saúde, seu caráter, sua utilidade neste mundo e seu destino eterno. O apetite deve sempre estar sob a sujeição das faculdades morais e intelectuais. O corpo deve ser o servo da mente, e não a mente a serva do corpo. -- Patriarcas e Profetas, 562. Te 138 3 Comer demasiado frequente ou demais -- Os que comem e trabalham intemperantemente e irracionalmente, falam e procedem irracionalmente. Não é necessário tomar bebidas alcoólicas para ser intemperante. O pecado do comer intemperante -- comer demasiado freqüente, em demasia e de alimentos suculentos, indigestos -- destrói a ação saudável dos órgãos digestivos, afeta o cérebro, e perverte o discernimento, impedindo o pensar e agir racional, calmo e sadio. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 155. Te 138 4 Aqueles que, depois de haverem recebido o conhecimento, não querem comer e beber segundo o princípio em vez de ser regido pelo apetite, não serão tenazes quanto a reger-se por princípios em outras coisas. -- The Health Reformer, Agosto de 1866. Te 138 5 Temperança no vestir também -- O povo de Deus deve aprender a significação de temperança em tudo. Cumpre-lhes praticar temperança no comer, beber e vestir. Toda condescendência consigo mesmo deve ser afastada de sua vida. Antes de eles poderem compreender realmente o sentido da santificação genuína e da conformidade com a vontade de Cristo, precisam, pela cooperação com Deus, obter o domínio de hábitos e costumes errôneos. -- Medicina e Salvação, 275. Te 139 1 Temperança no trabalho -- Devemos ser temperantes no trabalho. Não é dever nosso colocar-nos em situação de ficar sobrecarregados. Alguns poderão às vezes achar-se em condição em que isto seja necessário; deve, porém, ser exceção, não regra. Cumpre-nos exercer temperança em tudo. Caso honremos o Senhor fazendo a nossa parte, Ele, pela Sua, conserva-nos a saúde. Devemos ter sensato domínio de todos os nossos órgãos. Sendo temperantes no comer, beber, vestir, trabalhar, e em tudo, podemos fazer por nós mesmos o que médico algum poderá. -- Manuscrito 41, 1908. Te 139 2 Viver de capital emprestado -- Existe por toda parte intemperança em quase tudo. Os que fazem grandes esforços para realizar determinada soma de trabalho em dado tempo, e continuam a trabalhar quando seu discernimento lhes diz que devem repousar, não levam a melhor. Estão vivendo de capital emprestado. Gastam a força vital de que necessitarão futuramente. E ao ser exigida a energia que usaram tão descuidadamente, falham por minguar-lhes essa energia. Foi-se-lhes a resistência física, esgotaram-se as faculdades mentais. Compreendem que sofreram uma perda, mas não sabem qual. Chegou-lhes o tempo de necessidade, mas acham-se exaustos seus recursos físicos. Te 139 3 Todo aquele que transgride as leis da saúde, deve um dia sofrer em maior ou menor grau. Deus nos proveu de força constitucional, a qual será necessária em diferentes períodos de nossa vida. Se exaurirmos imprudentemente essa força por contínua sobrecarga, seremos por vezes os prejudicados. Nossa utilidade decrescerá, se não for destruída a própria vida. -- Fundamentos da Educação Cristã, 153, 154. Te 140 1 Trabalho à noitinha -- Em regra, o trabalho do dia não se deve prolongar até à noite. ... Foi-me mostrado que os que fazem isto, perdem, muitas vezes, muito mais do que ganham, pois suas energias exaurem-se, e trabalham em excitação nervosa. Talvez não percebam qualquer dano imediato, mas estão certamente minando sua constituição. -- Conselhos Sobre Saúde, 99. Te 140 2 Temperança no estudo -- A intemperança no estudo é uma espécie de intoxicação, e aqueles que com ela condescendem, à semelhança do ébrio, desviam-se das veredas seguras, e tropeçam e caem nas trevas. O Senhor quer que todo estudante conserve em mente que devemos ter em vista, unicamente, a glória de Deus. Ele, o estudante, não deve exaurir e gastar as faculdades mentais e físicas em buscar obter todo conhecimento possível das ciências, mas cumpre-lhe conservar o brilho e o vigor de todas as suas energias para se empenhar na obra que o Senhor lhe designou em auxiliar almas a encontrar a vereda da justiça. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 405, 406. Te 140 3 Intemperança no buscar riquezas -- Uma das mais frutíferas fontes de constituições arruinadas entre os homens é o devotamento à aquisição de dinheiro, o imoderado desejo das riquezas. Eles limitam sua vida à perseguição única do dinheiro, sacrificam o repouso, o sono, e os confortos da existência a esse objetivo. Sua constituição naturalmente boa é alquebrada, estabelece-se a doença como resultado do maltrato de suas forças físicas, e a morte vem finalizar a cena de uma existência pervertida. Nem um centavo daquela fortuna pode esse homem levar consigo, ele que a adquiriu a tão terrível preço. Dinheiro, palácios e ricos vestuários, nada lhe vale agora; o trabalho de sua vida é mais que inútil. -- The Health Reformer, Abril de 1877. Te 140 4 Guardar cada fibra do ser -- Cada órgão, cada fibra do ser, deve ser cuidadosamente guardada contra todo costume prejudicial, caso não queiramos achar-nos entre o número daqueles que Cristo representa como andando no mesmo caminho desonroso do mundo antediluviano. Os que fazem parte desse número destinar-se-ão à destruição, porque persistiram em levar hábitos legais a extremos, e criaram e condescenderam com outros que não se fundamentam na natureza, que se tornam concupiscências antagônicas. ... Te 141 1 A massa dos habitantes deste mundo estão destruindo por si mesmos a verdadeira base do mais alto interesse terrestre. Estão destruindo seu poder de domínio próprio, e tornando-se incapazes de apreciar as realidades eternas. Voluntariamente ignorantes do próprio organismo, dirigem seus filhos na mesma senda da condescendência consigo mesmos, fazendo com que sofram a pena da transgressão das leis da natureza. ... Te 141 2 Nossos hábitos de comer e beber mostram se somos do mundo ou estamos no número daqueles que o Senhor com Seu poderoso machado da verdade separou do mundo. Estes são Seu povo peculiar, zeloso de boas obras. -- Manuscrito 86, 1897. Te 141 3 Temperança em tudo -- A fim de conservar a saúde, é necessária a temperança em tudo -- temperança no trabalho, temperança no comer e no beber. Nosso Pai celeste mandou a luz da reforma de saúde para guardar-nos dos maus resultados de um apetite pervertido, para que os que amam a pureza e a santidade saibam usar com discrição as boas coisas que Ele lhes providenciou, e a fim de que, exercendo temperança na vida diária, sejam santificados pela verdade. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 52. Te 141 4 Os advogados da temperança devem colocar sua norma em plataforma mais ampla. Seriam então colaboradores de Deus. Devem, com cada jota de sua influência, estimular a disseminação dos princípios da reforma. -- Manuscrito 86, 1897. ------------------------Capítulo 33 -- O corpo, um templo Te 142 1 A responsabilidade do cristão -- "Não sabeis vós", pergunta Paulo, "que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." O homem é obra das mãos de Deus, Sua obra-prima, criada para elevado e santo desígnio; e em toda parte do tabernáculo humano Deus deseja escrever Sua lei. Todo nervo e músculo, todo dote mental e físico, deve ser conservado puro. Te 142 2 É desígnio de Deus que o corpo seja um templo para Seu Espírito. Quão solene, então, é a responsabilidade que repousa sobre toda alma! ... Quantos há, beneficiados com razão e inteligência, talentos que devem ser empregados para glória de Deus, os quais deliberadamente degradam alma e corpo! Sua existência é contínua série de excitações. Partidas de cricket e futebol e corridas de cavalos, absorvem a atenção. A maldição das bebidas alcoólicas, com seu mundo de desgraças, está contaminando o templo de Deus. ... Pelo uso da bebida e do fumo estão os homens aviltando a vida a eles dada para fins elevados e santos. Seus costumes são representados por madeira, feno, e palha. As faculdades que lhes foram dadas por Deus são pervertidas, degradados seus sentidos, para ministrarem aos desejos da mente carnal. Te 142 3 O ébrio vende-se por um copo de veneno. Satanás toma-lhe posse da razão, das afeições, da consciência. Tal homem está destruindo o templo de Deus. O beber chá ajuda a fazer essa obra. Todavia quantos há que põem em sua mesa elementos destrutivos! Te 142 4 Nenhum direito de prejudicar um órgão da mente ou do corpo -- Nenhum homem ou mulher tem qualquer direito de formar hábitos que diminuam a ação saudável de um órgão da mente ou do corpo. Aquele que perverte suas faculdades está contaminando o templo do Espírito Santo. O Senhor não operará um milagre para restaurar à saúde os que continuarem a usar drogas para degradação da alma, da mente e do corpo de modo que as coisas sagradas não sejam apreciadas. Os que se entregam ao uso do fumo e da bebida alcoólica não apreciam seu intelecto. Não avaliam o valor das faculdades que Deus lhes deu. Permitem que elas definhem e decaiam. Te 143 1 Deus deseja que todos os que nEle crêem sintam a necessidade de aperfeiçoamento. Toda faculdade a eles confiada deve ser desenvolvida. Nem uma deve ser negligenciada. Como lavoura e edifício de Deus, acha-se o homem sob Sua supervisão em todo sentido da palavra; e quanto mais ele se relaciona com seu Criador, tanto mais sagrada se tornará a vida em sua estimativa. ... Te 143 2 Deus pede a Seus filhos que vivam uma existência pura e santa. Ele deu Seu Filho a fim de podermos alcançar essa norma. Tomou todas as providências necessárias para habilitar o homem a viver, não para a satisfação animal, como as bestas que perecem, mas para Deus e o Céu. ... Te 143 3 Deus mantém um relato -- A penalidade física do menosprezo das leis da natureza aparecerá em forma de doença, estrutura física arruinada, e mesmo a própria morte. Mas um ajuste de contas tem de ser feito também, finalmente, com Deus. Ele mantém um relato de toda obra, quer seja boa quer má, e no dia do juízo cada homem receberá segundo a sua obra. Toda transgressão das leis da vida física é uma transgressão das leis de Deus; e o castigo deve seguir-se e seguir-se-á a toda transgressão dessa espécie. Te 143 4 A habitação humana, o edifício de Deus, requer acurada e vigilante guarda. ... A vida física deve ser cuidadosamente educada, cultivada e desenvolvida, para que por meio de homens e mulheres a natureza divina se revele em sua plenitude. Deus espera que os homens usem o intelecto que Ele lhes deu. Espera que eles empreguem para Ele todo poder de raciocínio. Devem dar à consciência o lugar de supremacia que lhe foi designado. As faculdades físicas e mentais, juntamente com as afeições, devem ser cultivadas de maneira que atinjam a máxima eficiência. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1900. Te 144 1 Quando guiado por uma consciência esclarecida -- Escreve o apóstolo Paulo: "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de maneira tal que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível." -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1907. Te 144 2 O apóstolo Paulo menciona aqui as corridas a pé, com as quais os coríntios se achavam familiarizados. Os competidores nas corridas eram submetidos à mais severa disciplina a fim de se adaptarem à prova de sua resistência. Simples era seu regime. Eram proibidos o vinho e as comidas indigestas. Seu alimento era cuidadosamente escolhido. Eles procuravam saber o que era mais apropriado para torná-los sadios e ativos, e comunicar-lhes vigor e resistência físicos, de modo que pudessem exigir o máximo possível de suas forças. Toda satisfação que tendesse a enfraquecer-lhes as faculdades físicas, era-lhes proibida. -- The Signs of the Times, 27 de Janeiro de 1909. Te 144 3 Se homens pagãos, que não eram regidos por uma consciência esclarecida, que não tinham o temor de Deus diante de si, submetiam-se à privação e à disciplina do treino, negando-se a si mesmos toda satisfação enfraquecedora meramente por uma coroa de material perecível e os aplausos da multidão, quanto mais devem os que estão correndo a carreira cristã na esperança da imortalidade e da aprovação do Alto Céu ser voluntários em renunciar aos nocivos estimulantes e satisfações que degradam os costumes, enfraquecem o intelecto e põem as faculdades mais elevadas em sujeição aos apetites e paixões animais! Te 144 4 Multidões no mundo estão testemunhando esta partida da vida, o combate cristão. E isto não é tudo. O Monarca do Universo e as miríades de anjos celestes são espectadores dessa corrida, estão observando ansiosamente a ver os que sairão vitoriosos, e hão de ganhar a coroa de glória imarcescível. Com intenso interesse Deus e os anjos celestes assinalam as renúncias, os sacrifícios e os angustiados esforços dos que se empenham na corrida cristã. A recompensa dada a todo homem estará em harmonia com a energia perseverante e a diligência fiel com que ele desempenha sua parte no grande pleito. Te 145 1 Nos aludidos jogos, apenas um tinha assegurado o prêmio. Na corrida cristã, diz o apóstolo: "eu assim corro, não como a coisa incerta." Não devemos ser decepcionados ao fim da carreira. A todos quantos satisfizerem plenamente as condições indicadas na Palavra de Deus, e tiverem o senso de sua responsabilidade quanto a conservar o vigor e a atividade físicos, a fim de possuírem mente equilibrada e costumes saudáveis, a corrida não é incerta. Todos eles podem ganhar o prêmio, e conquistar e usar a coroa de glória imortal, que não esmaecerá. ... Te 145 2 Promessas ao vencedor -- O mundo não deve servir de critério para nós. É segundo a moda satisfazer o apetite quanto às iguarias suculentas e os estimulantes não naturais, fortalecendo as propensões inferiores e prejudicando as faculdades morais em seu desenvolvimento. Não é dado a nenhum filho ou filha de Adão animação alguma no sentido de se poderem eles tornar vencedores na luta cristã, a menos que se decidam a exercer temperança em tudo. Caso assim procedam, não combaterão como batendo no ar. Te 145 3 Se os cristãos guardarem seu corpo em sujeição, e puserem todos os seus apetites e paixões sob o domínio de uma consciência esclarecida, considerando seu dever para com Deus e o próximo obedecer às leis que regem a saúde e a vida, terão a bênção do vigor físico e mental. Terão força moral para empenhar-se na guerra contra Satanás; e em nome dAquele que venceu o apetite em favor deles, serão mais que vencedores em seu próprio benefício. Esta luta é aberta a todos quantos nela se quiserem empenhar. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1907. ------------------------Capítulo 34 -- Temperança e espiritualidade Te 146 1 A entrega a Satanás -- O homem, cedendo à tentação de Satanás para condescender com a intemperança, põe as faculdades superiores em subordinação aos apetites e paixões animais, e estas, uma vez conquistando a ascendência, o homem, criado um pouco menor que os anjos, com faculdades susceptíveis do mais alto cultivo, rende-se ao controle de Satanás e ele adquire fácil acesso aos que se encontram na servidão do apetite. Mediante a intemperança, alguns sacrificam metade, e outros dois terços de suas faculdades físicas, mentais, e morais, tornando-se joguetes do inimigo. Te 146 2 Os que quiserem possuir mente clara para discernir os ardis de Satanás, precisam ter os desejos sob o domínio da razão e da consciência. A ação moral e vigorosa das faculdades superiores do espírito é essencial ao aperfeiçoamento do caráter cristão, e a resistência ou fraqueza da mente tem muito que ver com nossa utilidade neste mundo, e com nossa salvação final. Te 146 3 A ignorância que tem dominado quanto à lei de Deus em nossa natureza física, é deplorável. Intemperança de qualquer espécie é uma violação das leis de nosso ser. Predomina em assustadora extensão a imbecilidade. O pecado torna-se atrativo mediante a roupagem de luz com que o veste Satanás, e ele fica satisfeito quando pode manter o mundo cristão em seus hábitos cotidianos sob a tirania do costume, como os pagãos, permitindo que o apetite os governe. Te 146 4 Força física e intelectual sacrificadas -- Caso homens e mulheres de inteligência tenham suas faculdades morais embotadas mediante intemperança de qualquer espécie, acham-se, em muitos de seus hábitos, pouco acima dos pagãos. Satanás está constantemente desviando o povo da luz salvadora para costumes e modas, a despeito da saúde física, mental e moral. O grande inimigo sabe que, predominem o apetite e a paixão, a saúde física e o vigor intelectual são sacrificados no altar da satisfação egoísta, e o homem é rapidamente levado à ruína. Se o esclarecido intelecto mantiver as rédeas, dominando as propensões animais e conservando-as em sujeição às faculdades morais, bem sabe Satanás que bem pequeno é seu poder para vencer com suas tentações. Te 147 1 Satisfazer às exigências da moda -- O povo em nossos dias, fala dos séculos escuros, e gaba-se de progresso. Com esse progresso, porém, não decrescem a impiedade e o crime. Deploramos a ausência de simplicidade natural, e o aumento da ostentação artificial. A saúde, a resistência, a beleza e a longevidade, comuns na chamada "Idade Escura", são raras agora. Quase tudo quanto é desejável sacrifica-se para satisfazer as exigências da moda. Te 147 2 Grande parte do mundo cristão não tem o direito de chamar-se cristão. Seus hábitos, sua extravagância, a maneira por que tratam em geral o próprio corpo, são violações da lei física, e contrários à Bíblia. Eles estão preparando para si mesmos, na sua maneira de viver, sofrimentos físicos e fraqueza mental e moral. Te 147 3 Mediante seus ardis Satanás tem, em muitos respeitos, tornado a vida doméstica uma vida de cuidados e de complicados fardos, a fim de satisfazer às exigências da moda. Seu desígnio em assim fazer é manter a mente tão plenamente ocupada com as coisas desta vida, que eles não possam dar senão pequena atenção a seus mais altos interesses. A intemperança no comer e no vestir tem por tal forma absorvido a mente do mundo cristão, que as pessoas não dão tempo a se tornarem inteligentes quanto às leis de seu ser, a fim de obedecer-lhes. Professar o nome de Cristo é de bem pouca monta uma vez que a vida não corresponda à vontade de Deus, revelada em Sua Palavra. ... Te 147 4 Quando a santificação é impossível -- Grande parte de todas as enfermidades que afligem a família humana, são resultado de seus próprios hábitos errôneos, devido à voluntária ignorância, ou à desconsideração para com a luz dada por Deus a respeito das leis de seu ser. Não nos é possível glorificar a Deus enquanto vivermos na violação das leis da vida. O coração não pode manter consagração a Deus ao mesmo tempo que é satisfeito o concupiscente apetite. Um corpo enfermiço e um intelecto desordenado em virtude da contínua condescendência com a prejudicial concupiscência, tornam impossível a santificação do corpo e do espírito. Te 148 1 O apóstolo compreendeu a importância das condições sadias do corpo para a bem-sucedida perfeição do caráter cristão. Diz ele: "Subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." -- Redemption; or The Temptation of Christ, 57-62. Te 148 2 Educar hábitos, gostos e inclinações -- Coisa alguma pode ser mais ofensiva a Deus do que mutilar ou empregar mal os dons a nós emprestados para serem consagrados a Seu serviço. Está escrito: "Quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." Te 148 3 Há, em toda obra importante, tempos de crise em que há grande necessidade de que aqueles que se acham ligados à obra tenham mente clara. Importa haver homens que compreendam, com o apóstolo Paulo, a importância de exercer temperança em tudo. Há trabalho para realizarmos -- obra difícil, diligente para nosso Mestre. Todos os nossos hábitos, gostos e inclinações devem ser educados em harmonia com as leis da vida e da saúde. Podemos, assim, assegurar justamente as melhores condições físicas, e possuir clareza mental para discernir entre o mal e o bem. Te 148 4 A intemperança de qualquer espécie obscurece os órgãos perceptivos, enfraquecendo assim a faculdade nervosa do cérebro para que as coisas eternas não sejam apreciadas, mas sejam colocadas no nível das coisas comuns. As mais elevadas faculdades da mente, destinadas a mais nobres desígnios, são postas em servidão das paixões inferiores. Caso os hábitos físicos não estejam corretos, as faculdades mentais e morais não podem ser fortes; pois existe grande relação entre o físico e o moral. O apóstolo Pedro compreendeu isto, e ergueu a voz em advertência: "Amados, peço-vos como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma." Te 149 1 Postos em risco mais altos interesses -- Assim adverte claramente a Palavra de Deus que, a menos que nos abstenhamos das concupiscências carnais; a natureza física entrará em conflito com a espiritual. As satisfações concupiscentes combatem contra a saúde e a paz. Estabelece-se um conflito entre os atributos mais elevados do homem e os inferiores. As propensões mais baixas, fortes e ativas, oprimem a alma. Os interesses mais altos do ser são postos em risco pela satisfação dos desejos não santificados. -- The Signs of the Times, 27 de Janeiro de 1909. Te 149 2 Uma lição para os Adventistas do Sétimo Dia -- O caso dos filhos de Arão foi registrado para benefício do povo de Deus, e deve ensinar especialmente aos que se estão preparando para a segunda vinda de Cristo, que a condescendência com o apetite pervertido destrói os finos sentimentos da alma e afeta por tal forma as faculdades de raciocínio dadas por Deus ao homem, que as coisas espirituais e santas, perdem sua santidade. A desobediência parece aprazível em vez de excessivamente pecaminosa. -- The Signs of the Times, 8 de Julho de 1880. Te 149 3 Vencer toda prática nociva -- Os princípios da temperança são de vasto alcance; e há perigo de que os que receberam grande esclarecimento acerca desse assunto deixem de apreciá-lo. Deus requer que Seu povo, que vive nestes últimos dias, vença toda prática nociva, apresentando seu corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, a fim de poderem obter um assento à Sua direita. Te 149 4 É nosso dever cuidar de nós mesmos, e lutar para pôr nosso espírito, nossa vontade, e nossos gostos em conformidade com as recomendações de nosso Criador. Unicamente a graça de Deus nos pode habilitar a fazer isto; pelo Seu poder nossa vida pode ser levada à harmonia com Seus justos princípios. Ceifaremos aquilo que semearmos, e unicamente os que se põem em sujeição à vontade de Deus são verdadeiramente sábios. -- Carta 69, 1896. Te 150 1 Regidos por uma consciência esclarecida -- Caso os cristãos submetessem todos os seus apetites e paixões ao domínio de uma consciência esclarecida, sentindo ser seu dever para com Deus e seus semelhantes obedecer às leis que regem a vida e a saúde, teriam a bênção do vigor físico e mental; possuiriam poder moral para empenhar-se no conflito contra Satanás; e em nome dAquele que venceu em seu favor, seriam mais que vencedores para seu próprio bem. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 39, 40. Te 150 2 Por que muitos cairão -- Queremos que nossas irmãs que se estão prejudicando por hábitos errôneos, abandonem-nos, e venham para a frente e sejam obreiras na reforma. A razão por que muitos dentre nós cairão no tempo de angústia, é a frouxidão na temperança e a condescendência com o apetite. Te 150 3 Moisés pregou bastante sobre esse assunto, e a causa de o povo não haver entrado na terra prometida foi a repetida condescendência com o apetite. Nove décimos da impiedade entre os filhos de hoje tem por causa a intemperança no comer e no beber. Adão e Eva perderam o Éden em virtude da satisfação do apetite, e só o podemos reaver mediante renúncia do mesmo. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1884. Te 150 4 Correi de tal maneira que o alcanceis -- Há vitórias preciosas a ganhar; e os vencedores neste conflito contra o apetite e toda concupiscência mundana receberão uma imarcescível coroa de vida, um bendito lar naquela cidade cujas portas são pérolas e cujos fundamentos são pedras preciosas. Não é esse prêmio digno de que por ele nos esforcemos? Não é digno de todo esforço que nos seja possível envidar? Corramos pois de tal maneira que o possamos alcançar. -- The Signs of the Times, 1 de Setembro de 1887. ------------------------Capítulo 35 -- O exemplo de Daniel Te 151 1 Não podemos ter compreensão correta do tema da temperança enquanto não o considerarmos do ponto de vista bíblico. E em parte alguma acharemos mais compreensiva e eloqüente ilustração da genuína temperança e suas bênçãos conseqüentes do que a que nos é oferecida pela história do profeta Daniel e seus companheiros na corte de Babilônia. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1910. Te 151 2 Quando o povo de Israel, seu rei, nobres e sacerdotes foram levados em cativeiro, quatro dentre eles foram selecionados para servir na corte do rei de Babilônia. Um destes era Daniel, que, muito cedo, deu mostras da grande habilidade desenvolvida nos anos subseqüentes. Estes moços eram todos de nascimento principesco e são descritos como jovens em quem não havia "defeito algum, formosos de parecer, e instruídos em toda a sabedoria, sábios em ciência, e entendidos no conhecimento" e tinham "habilidade para viverem no palácio do rei". Percebendo os preciosos talentos destes jovens cativos, o rei Nabucodonosor determinou prepará-los para ocuparem importantes posições em seu reino. A fim de que pudessem tornar-se perfeitamente qualificados para sua vida na corte, de acordo com o costume oriental, deviam eles aprender a língua dos caldeus e submeter-se, durante três anos, a um curso completo de disciplina física e intelectual. Te 151 3 Os jovens nessa escola de preparo não eram unicamente admitidos ao palácio real, mas também se tomavam providências para que comessem da carne e bebessem do vinho que vinha da mesa do rei. Em tudo isto o rei considerava que não estava somente dispensando grande honra a eles, mas assegurando-lhes o melhor desenvolvimento físico e mental que poderia ser atingido. Te 151 4 Enfrentando a prova -- Entre os manjares colocados diante do rei havia carne de porco e de outros animais que haviam sido declarados imundos pela lei de Moisés e que os hebreus tinham sido expressamente proibidos de comer. Aqui Daniel foi provado severamente. Deveria aderir aos ensinos de seus pais concernentes às carnes e bebidas e ofender ao rei, e, provavelmente, perder não só sua posição mas a própria vida? ou deveria desatender o mandamento do Senhor e reter o favor do rei, assegurando assim grandes vantagens intelectuais e as mais lisonjeiras perspectivas mundanas? Te 152 1 Daniel não hesitou por longo tempo. Decidiu permanecer firme em sua integridade, fosse qual fosse o resultado. "Assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia." Te 152 2 Sem mesquinhez nem fanatismo -- Hoje há entre os professos cristãos muitos que haveriam de julgar que Daniel era por demais esquisito, e o pronunciariam como mesquinho e fanático. Eles consideram a questão do comer e beber como de muita pequena importância para exigir tão decidida resistência -- tal que poderia envolver o sacrifício de todas as vantagens terrenas. Mas os que assim raciocinam, notarão no dia do juízo que se desviaram das expressas recomendações de Deus e se apoiaram em sua própria opinião como norma para o certo e o errado. Descobrirão que aquilo que lhes parecera sem importância não fora assim considerado por Deus. Suas ordens deveriam ter sido sagradamente obedecidas. Os que aceitam e obedecem a um de Seus preceitos porque lhes convém, ao passo que rejeitam a outro porque sua observância haveria de requerer sacrifício, rebaixam a norma do direito e, por seu exemplo, levam outros a considerarem levianamente a lei de Deus. "Assim diz o Senhor", deve ser nossa regra em todas as coisas. Te 152 3 Caráter irrepreensível -- Daniel foi submetido às mais severas tentações que podem assaltar os jovens de hoje; contudo, foi leal para com a instrução religiosa recebida na infância. Estava cercado por influências que subverteriam aqueles que vacilassem entre o princípio e a inclinação; todavia, a Palavra de Deus o apresenta como uma pessoa irrepreensível. Daniel não ousava confiar em seu próprio poder moral. A oração era para ele uma necessidade. Ele fazia de Deus a sua força e o temor do Senhor estava continuamente diante dele em todos os acontecimentos de sua vida. Te 153 1 Daniel possuía a graça da genuína mansidão. Era verdadeiro, firme e nobre. Procurava viver em paz com todos, ao mesmo tempo que era inflexível como o cedro altaneiro, no que quer que envolvesse princípio. Em tudo que não entrasse em colisão com sua fidelidade a Deus, era respeitoso e obediente para com aqueles que sobre ele tinham autoridade; mas tinha tão elevada consciência dos direitos de Deus que as exigências dos governadores terrestres se lhes subordinavam. Não seria induzido por nenhuma consideração egoísta a desviar-se do dever. Te 153 2 O caráter de Daniel é apresentado ao mundo como um admirável exemplo do que a graça de Deus pode fazer de homens caídos por natureza e corrompidos pelo pecado. O registro de sua vida nobre, abnegada, é uma animação para a humanidade em geral. Dela podemos reunir forças para resistir nobremente à tentação e, firmes e na graça da mansidão, manter-nos na defesa do direito sob a mais severa provação. Te 153 3 A aprovação de Deus, mais cara que a própria vida -- Daniel poderia haver encontrado uma desculpa plausível para desviar-se de seus estritos hábitos de temperança; mas a aprovação de Deus era para ele mais cara do que o favor do mais poderoso potentado terrestre -- mais cara mesmo do que a própria vida. Havendo, por sua conduta cortês, obtido o favor de Melzar -- o oficial que tinha a seu cargo os jovens hebreus -- Daniel pediu que lhes concedesse não precisarem comer o manjar da mesa do rei, nem beber de seu vinho. Melzar temia que, condescendendo com este pedido, poderia incorrer no desagrado do rei, e assim pôr em perigo a própria vida. Como acontece com muitos hoje em dia, ele pensava que um regime moderado faria com que esses jovens se tornassem pálidos e de aparência doentia, e deficientes na força muscular, ao passo que o abundante alimento da mesa do rei os tornaria corados e belos, e promoveria as atividades físicas e mentais. Te 153 4 Daniel pediu que a questão se decidisse por uma prova de dez dias, sendo permitido aos jovens hebreus, durante esse breve período, comer alimento simples, enquanto seus companheiros participavam das guloseimas do rei. A petição foi, finalmente, deferida, e então Daniel se sentiu seguro de que havia ganho a causa. Conquanto jovem, havia visto os danosos efeitos do vinho e de um viver luxuoso, sobre a saúde física e mental. Te 154 1 Deus defende seus servos -- Ao fim dos dez dias achou-se ser o resultado exatamente o contrário das expectativas de Melzar. Não somente na aparência pessoal, mas em atividade física e vigor mental, aqueles que haviam sido temperantes em seus hábitos exibiram notável superioridade sobre seus companheiros, que condescenderam com o apetite. Como resultado desta prova, a Daniel e seus companheiros foi permitido continuarem seu regime simples durante todo o tempo de seu preparo para os deveres do reino. Te 154 2 O Senhor recompensou com aprovação a firmeza e renúncia desses jovens hebreus, e Sua bênção os acompanhou. Ele lhes "deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos". Ao expirarem os três anos de preparo, quando sua habilidade e seus conhecimentos foram examinados pelo rei, "entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Ananias, Misael e Azarias; por isso permaneceram diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino". Te 154 3 Domínio próprio, condição de santificação -- A vida de Daniel é uma inspirada ilustração do que constitui um caráter santificado. Ela apresenta uma lição para todos, e especialmente para os jovens. Uma estrita submissão às ordens de Deus é benéfica à saúde do corpo e do espírito. A fim de atingir a mais elevada norma de aquisições morais e intelectuais, é necessário buscar sabedoria e força de Deus e observar estrita temperança em todos os hábitos de vida. Na vida de Daniel e seus companheiros, temos um exemplo da vitória do princípio sobre a tentação para condescender com o apetite. Isto nos mostra que, mediante os princípios religiosos, os jovens podem triunfar sobre as concupiscências da carne e permanecer leais aos mandos divinos, embora lhes custe grande sacrifício. Te 155 1 Que seria de Daniel e seus companheiros se houvessem transigido com aqueles oficiais pagãos, e cedido à pressão do momento, comendo e bebendo como era costume entre os babilônios? Aquele único exemplo de desvio dos princípios teria debilitado sua consciência do direito e da aversão ao mal. A condescendência com o apetite teria envolvido o sacrifício do vigor físico, a clareza do intelecto e o poder espiritual. Um passo errado teria, provavelmente, levado a outros, até que, interrompendo sua ligação com o Céu, teriam sido arrastados pela tentação. Te 155 2 Disse Deus: "Aos que Me honram honrarei." Enquanto Daniel se apegava a Deus com firme confiança, o Espírito de poder profético, vinha sobre ele. Enquanto era instruído pelos homens nos deveres da vida da corte, era por Deus ensinado a ler os mistérios dos séculos futuros e a apresentar às gerações vindouras, mediante números e símiles, as maravilhosas coisas que se dariam nos últimos dias. -- Santificação, 19-25. Te 155 3 Os jovens hebreus não agiram presunçosamente, mas com firme confiança em Deus. Não escolheram ser singulares, mas sê-lo-iam de preferência a desonrar a Deus. -- Profetas e Reis, 483. Te 155 4 A recompensa da temperança para nós, também -- Os hebreus cativos eram homens sujeitos às mesmas paixões que nós. Em meio às sedutoras influências das luxuosas cortes de Babilônia, permaneceram fiéis. A juventude de hoje se acha cercada de engodos que os convidam à condescendência consigo mesmos. Especialmente em nossas cidades grandes, toda forma de satisfação sensual se torna fácil e convidativa. Aqueles que, à semelhança de Daniel, se recusam a contaminar-se, colherão a recompensa dos hábitos temperantes. Com sua maior capacidade de resistência física e aumentado vigor, possuem um banco de onde sacar nos casos de emergência. Te 156 1 Os hábitos físicos corretos promovem superioridade mental. Capacidade intelectual, resistência física e longevidade, dependem de leis imutáveis. O Deus da natureza não interferirá para preservar os homens das conseqüências de violação das regras da natureza. Aquele que luta pelo domínio, precisa ser temperante em tudo. A clareza mental e a firmeza de propósitos de Daniel, sua capacidade de adquirir conhecimentos e de resistir à tentação, deviam-se, em alto grau, à simplicidade de seu regime alimentar aliada a uma vida de oração. Te 156 2 Há muita verdade genuína no adágio: "Todo homem é o arquiteto de sua própria sorte." Ao passo que os pais são responsáveis pelo cunho do caráter de seus filhos, bem como pela sua educação, é ainda verdade que nossa posição e utilidade no mundo dependem, em grande parte, de nossa maneira de agir. Daniel e seus companheiros gozaram os benefícios da educação correta na infância, mas essas vantagens apenas não os haveriam tornado o que eles foram. Chegou o tempo em que tiveram de agir por si mesmos -- quando seu futuro dependia de sua própria conduta. Decidiram então ser fiéis às lições a eles dadas na infância. O temor de Deus, que é o princípio da sabedoria, eis o fundamento de sua grandeza. -- The Youth's Instructor, 9 de Julho de 1903. ------------------------Capítulo 36 -- O alimento em nossa mesa Te 156 3 A origem da intemperança na sua própria mesa -- Muita mãe que deplora a intemperança existente por toda parte, não olha bastante fundo para ver a causa. Demasiadas vezes pode-se buscar a origem dessa intemperança na mesa doméstica. Muita mãe, mesmo entre os que professam ser cristãos, está dia a dia pondo diante de sua família comida suculenta e grandemente temperada, que tenta o apetite e estimula o comer excessivamente. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 75, 76. Te 157 1 Depois de algum tempo, mediante a continuada satisfação do apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e a comida que é ingerida não satisfaz. Estabelecem-se condições mórbidas, e há imoderado desejo de alimento mais estimulante. O chá, o café e a carne produzem efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica excitado, e, em alguns casos, no momento, o intelecto parece ser avigorado e a imaginação se torna mais viva. Em virtude de esses estimulantes produzirem na ocasião esses agradáveis resultados, muitos tiram a conclusão de que necessitam realmente deles, e continuam a usá-los.... Te 157 2 O apetite é educado a ansiar por alguma coisa mais forte que tenha a tendência de manter avivado e aumentar a agradável excitação, até que a condescendência com ele se torna hábito, e há contínua sede de mais fortes estímulos, como o fumo, vinhos e outras bebidas alcoólicas. -- Testimonies for the Church 3:487, 488. Te 157 3 Comida saudável, preparada com simplicidade -- Toda mãe deve vigiar com cuidado sua mesa, não permitindo que a ela venha qualquer coisa que tenha a mais leve tendência para lançar a base de hábitos de intemperança. O alimento deve ser preparado da maneira mais simples possível, livre de condimentos e especiarias, e mesmo de indevida quantidade de sal. Te 157 4 Vós, que levais a sério o bem de vosso filhos, que desejaríeis vê-los crescer sem gostos e apetites pervertidos, precisais insistir com perseverança em vossa maneira contrária aos sentimentos e práticas populares. Se quereis vê-los preparados para serem úteis na Terra e obterem a recompensa eterna no reino da glória, precisais ensiná-los a obedecer às leis de Deus, tanto as da Natureza como as da Revelação, em vez de seguir os costumes do mundo. Te 157 5 Persistentes esforços, oração e fé, quando unidos a um exemplo correto, não ficarão infrutíferos. Levai vossos filhos a Deus pela fé, e procurai impressionar-lhes a mente susceptível com o senso de suas obrigações para com seu Pai celestial. Isto exigirá lição sobre lição, regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui, um pouco ali. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. Te 158 1 Metade das mães deploravelmente ignorantes -- Nem a metade das mães sabem cozinhar ou o que pôr diante de seus filhos. Colocam perante seus filhinhos nervosos essas indigestas substâncias que ardem na garganta e por todo o caminho abaixo até às delicadas membranas do estômago, tornando-o como fogueira a arder, de modo que não reconhece a comida saudável. Os pequeninos chegam à mesa, e não podem comer isto, ou aquilo. Tomam o controle e comem justamente o que querem, seja ou não para benefício seu. Te 158 2 Eu recomendaria deixá-los ficar sem comida pelo menos por três dias, até que sintam fome bastante para tomar o alimento bom e saudável. Arriscaria deixá-los passar fome. Nunca pus em minha mesa comidas de que não permitisse que meus filhos participassem. Punha diante deles só aquilo de que eu própria comia. As crianças comiam isto, e nunca pensavam em pedir aquilo que não se encontrava na mesa. Não devemos condescender com o apetite das crianças, apresentando-lhes essas comidas indigestas. -- Manuscrito 3, 1888. Te 158 3 Preparar o caminho para a intemperança -- A mesa de nosso povo americano é geralmente preparada de maneira a formar ébrios. -- Testimonies for the Church 3:563. Te 158 4 Os que crêem a verdade presente devem recusar-se a beber chá ou café, porque despertam o desejo de estimulantes mais fortes. Devem recusar-se a comer carne porque esta também desperta o desejo de bebidas fortes. Os alimentos sãos, preparados com gosto e perícia, devem constituir agora o nosso regime alimentar. -- Evangelismo, 265. Te 158 5 A carne é estimulante -- Os resultados imediatos do uso da carne podem ser, na aparência, revigoramento do organismo, mas isto não é razão para ela ser considerada o melhor artigo no regime alimentar. O uso moderado da sidra terá o mesmo efeito momentâneo; uma vez, porém, que passe sua influência excitante, segue-se uma sensação de languidez e debilidade. Os que confiam no alimento simples e nutritivo, relativamente não estimulante em seus efeitos, podem resistir a maior quantidade de trabalho no decorrer de meses e anos, do que o comedor de carne ou o bebedor de bebidas alcoólicas. Os que trabalham ao ar livre sentirão menos dano do uso da carne do que os de hábitos sedentários, pois o Sol e o ar são grandes auxiliares da digestão, e fazem muito em neutralizar o efeito dos hábitos errôneos em comer e beber. Te 159 1 Os efeitos dos estimulantes -- Todos os estimulantes apressam demasiado o maquinismo humano, e se bem que, por algum tempo, a atividade e o vigor pareçam aumentar, haverá uma reação proporcional à influência irritante empregada; seguir-se-á uma sensação de enfraquecimento em grau correspondente ao excitamento fora do natural que foi produzido. Te 159 2 Quando é sentida essa debilidade, emprega-se novamente algo para estimular e tonificar o organismo, para dar alívio imediato a essa desagradável languidez. A natureza é gradualmente educada a apoiar-se nesse remédio muitas vezes repetido, até que suas faculdades se enfraquecem por serem com freqüência despertadas para ação fora do natural. Todas as pessoas devem familiarizar-se com as leis de seu corpo. Deve ser importante objeto de estudo -- como viver, regular o trabalho, comer e beber com vistas à saúde. Te 159 3 Quanto mais simples e naturalmente vivermos, tanto mais capazes seremos de resistir às epidemias e doenças. Se nossos hábitos forem bons e o organismo não for enfraquecido por ação contrária à natureza, proporcionará todos os estímulos de que necessitamos. ... Te 159 4 O apetite não é guia seguro -- A regra que alguns recomendam, é comer sempre que se experimente sensação de languidez, e comer até ficar-se satisfeito. Essa orientação levará à doença e a numerosos males. O apetite, hoje em dia, não é, geralmente, natural; não é portanto índice correto quanto às necessidades do organismo. Ele foi tratado complacentemente e mal dirigido até que se tornou mórbido, não podendo mais ser guia seguro. A natureza foi maltratada, seus esforços entravados pelos hábitos errôneos e a condescendência com as iguarias pecaminosas, de modo que o gosto e o apetite estão igualmente pervertidos. Te 160 1 Não é natural ter um desejo ansioso de alimentos cárneos. Não era assim no começo. O apetite para a carne foi feito e educado pelo homem. Nosso Criador nos forneceu nas verduras, nos cereais e nas frutas, todos os elementos de nutrição necessários à saúde e à resistência. As comidas de carne não faziam parte da alimentação de Adão e Eva antes da queda. Se as frutas, verduras e cereais não eram suficientes para satisfazer às necessidades do homem, então o Criador cometeu um erro ao provê-los para Adão. ... Te 160 2 Para que Israel conservasse a resistência física e moral -- Deus não reteve carne dos hebreus no deserto simplesmente para mostrar Sua autoridade, mas para benefício deles, para que conservassem a resistência física e moral. Sabia que o uso de alimento animal fortalece as paixões animais e enfraquece o intelecto. Ele sabia que a satisfação do apetite dos hebreus para os alimentos cárneos, enfraquecer-lhes-ia as faculdades morais, e induziria a tão irritável disposição, que o grande exército ficaria insubordinado, que perderiam o elevado senso de suas obrigações morais, e se recusariam a ser controlados pelas sábias leis de Jeová. Violência e rebelião viriam a existir entre eles, tornando-lhes impossível ser um povo puro e feliz na terra de Canaã. Deus sabia o que era melhor para os filhos de Israel; privou-os portanto, em grande medida, de alimentos cárneos. Te 160 3 Satanás tentou-os a considerar isto injusto e cruel. Fez com que eles cobiçassem as coisas proibidas, pois viu que mediante a condescendência com os apetites pervertidos, tornar-se-iam de espírito carnal e seriam facilmente levados a fazer a vontade dele; fortalecer-se-iam os órgãos inferiores, ao passo que o intelecto e as faculdades morais se enfraqueceriam. Te 161 1 Satanás não é noviço na ocupação de destruir almas. Ele bem sabe que se lhe for possível induzir homens e mulheres a hábitos errôneos no comer e beber, adquiriu, em alto grau, o controle de sua mente e das paixões inferiores. No princípio, o homem comia dos frutos da terra, mas o pecado introduziu o uso da carne de animais mortos como alimento. Este regime opera diretamente em contrário do espírito de genuíno refinamento e de pureza moral. A substância daquilo que é ingerido para o estômago, passa à circulação, e é convertido em carne e sangue. ... Te 161 2 Deus requer que Seu povo seja temperante em tudo. O exemplo de Cristo, durante aquele longo jejum no deserto, deve ensinar Seus seguidores a repelir Satanás quando se aproxima sob o disfarce do apetite. Então terão eles influência para reformar aqueles que foram transviados pela satisfação do apetite, e perderam a força moral para vencer a fraqueza e o pecado que deles tomou posse. Assim podem os cristãos adquirir saúde e felicidade, em uma vida pura e bem ordenada, e numa mente clara e incontaminada diante de Deus. -- The Signs of the Times, 6 de Janeiro de 1876. Te 161 3 Reforma à medida que o novo converso a compreende -- Ao chegar a mensagem aos que não haviam ouvido a verdade para este tempo, eles vêem que se precisa efetuar uma grande reforma em seu regime alimentar. Vêem que devem abandonar os alimentos cárneos, porque os mesmos suscitam sede de bebidas alcoólicas, e enchem o organismo de moléstias. Pelo comer carne, são enfraquecidas as faculdades físicas, mentais e morais. O homem é constituído por aquilo que come. As paixões animais adquirem domínio em resultado da alimentação cárnea, do uso do fumo e das bebidas alcoólicas. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 268, 269. Te 161 4 Intemperança na variedade de pratos -- Vou mais longe. A temperança deve ser observada no preparo do alimento e na variedade de pratos providos, para que seja poupado à mãe todo trabalho possível. Não é essencial à manutenção da vida grande variedade de comidas; ao contrário, isto prejudica os órgãos digestivos, dando lugar a uma guerra no estômago. Com a bênção de Deus, o alimento simples sustentará a vida, e será o melhor para todo o ser. Te 162 1 Poucos compreendem que em geral, é posta no estômago mais comida do que a necessária. Mas o alimento ingerido a mais é uma sobrecarga no estômago, prejudicando toda a estrutura humana. -- Manuscrito 50, 1893. Te 162 2 Comer em excesso é intemperança -- Verifica-se a intemperança tanto na quantidade como na qualidade do alimento ingerido. -- Conselhos Sobre Saúde, 576. Te 162 3 A intemperança abrange muito. Para alguns, ela consiste em comer demasiado de alimentos que, se ingeridos na devida quantidade, nada haveria a objetar. Tudo quanto é ingerido acima da real necessidade do organismo, torna-se elemento perigoso. Fermenta no estômago, e causa dispepsia. Comer demais continuamente, consome as forças vitais, e priva o cérebro de energia para efetuar sua obra. -- Manuscrito 155, 1899. Te 162 4 Uma pessoa que condescende largamente com o comer, que sobrecarrega os órgãos digestivos até que se tornam incapazes de digerir devidamente o alimento ingerido, é também intemperante, e verificará que é impossível discernir claramente as coisas espirituais. -- Manuscrito 41, 1908. Te 162 5 Nosso Pai celestial quer que usemos com discrição as coisas boas que Ele nos proporcionou. -- The Signs of the Times, 27 de Janeiro de 1909. Te 162 6 Importante lugar em nossa salvação -- Os que não são reformadores de saúde tratam-se de maneira injusta e insensata. Pela complacência com o apetite infligem-se danos terríveis. Pensarão alguns que a questão do regime alimentar não é suficientemente importante para ser incluída na religião. Mas esses cometem grande erro. Declara a Palavra de Deus: "Quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus." O tema da temperança, em todos os seus aspectos, tem um lugar importante na elaboração de nossa salvação. -- Evangelismo, 265. Te 163 1 Se os homens e mulheres viverem perseverantemente de acordo com as leis da vida e da saúde, reconhecerão os benditos resultados de uma completa reforma da saúde. -- The Signs of the Times, 6 de Janeiro de 1876. Te 163 2 Todos estão sendo provados -- É de grande importância que individualmente desempenhemos bem nossa parte e tenhamos nítida compreensão do que devemos comer ou beber, e de como viver de molde a preservar a saúde. Todos estão sendo provados para que se veja se aceitarão os princípios de reforma da saúde ou seguirão uma conduta de condescendência consigo mesmos. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 34. ------------------------Capítulo 37 -- Total abstinência, eis nossa atitude Te 163 3 A única regra segura -- A única regra segura é não tocar, não provar, não manusear chá, café, vinhos, fumo, ópio, e bebidas alcoólicas. A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade, fortalecida pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás e à mínima condescendência com o apetite pervertido, é duas vezes maior do que o era há várias gerações. A geração atual, porém, tem menos domínio de si mesma do que possuíam as que viviam então. -- Testimonies for the Church 3:488. Te 163 4 Nunca partilhemos de um copo de bebida alcoólica. Não o toquemos jamais. -- Manuscrito 38, 1905. Te 163 5 A disposição de não tocar, não provar e não manusear -- Se todos fossem vigilantes e fiéis em guardar as pequeninas entradas abertas pelo uso moderado dos chamados inofensivos vinho e sidra, cerrar-se-ia o caminho à embriaguez. O que é necessário em toda comunidade, é o firme propósito, e a disposição de não tocar, não provar, não manusear; então a reforma de temperança seria forte, permanente, cabal. -- The Review and Herald, 25 de Março de 1884. Te 164 1 Abstende-vos estritamente de toda comida ou bebida estimulante. Sois propriedade de Deus. Não deveis maltratar nenhum órgão do corpo. Antes cuidar sabiamente dele, para que haja perfeito desenvolvimento do homem inteiro. Não é de vossa parte um ato de ingratidão fazer qualquer coisa que vos enfraqueça as forças vitais, de modo que vos incapacite para representá-Lo devidamente, ou para fazer a obra que Ele quer de vós? -- Carta 236, 1903. Te 164 2 Os princípios de temperança originam-se na lei de Deus -- Se os homens guardassem estrita e conscienciosamente a lei de Deus, não haveria ébrios, nem fumantes, nem angústia, miséria e crime. Fechar-se-iam os bares por falta de freguesia, e nove décimos de toda miséria que existe no mundo teria fim. Os jovens andariam com porte ereto e nobre, passo flexível e desembaraçado, límpido olhar e aspecto saudável. Te 164 3 Quando do púlpito, os ministros tornam a lei de Deus desacreditada; quando se unem ao mundo em torná-la impopular; quando esses mestres do povo condescendem com o copo social, o narcótico contaminador e o fumo, que profundezas de vício não se podem esperar dos jovens desta degenerada geração?... Tendes ouvido muito com respeito à autoridade e santidade da lei dos Dez Mandamentos. Deus é o autor dessa lei, a qual é o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra. Todas as nações esclarecidas basearam suas leis nesse grande fundamento de toda lei; todavia os legisladores e os ministros, reconhecidos como líderes e mestres do povo, vivem em aberta violação dos princípios incutidos nesses santos estatutos. Te 164 4 Muitos ministros pregam a Cristo do púlpito, e depois, não hesitam em entorpecer seus sentidos bebericando vinho, ou mesmo condescendendo com sidra e outras bebidas alcoólicas. A norma cristã, diz: "Não toques, não proves; não manuseies"; e as leis de nosso físico repetem com ênfase a solene recomendação. É o dever de todo ministro cristão expor claramente esta verdade a Seu povo, ensinando-a tanto por preceito como por exemplo. ... Te 165 1 A igreja cristã é declarada o sal da Terra, a luz do mundo. Podemos nós aplicar isto às igrejas de hoje, estando muitos de seus membros a usar, não só o contaminador narcótico, o fumo, mas o intoxicante vinho e as bebidas alcoólicas, ao mesmo tempo que levam o copo de vinho aos lábios de seu semelhante? A igreja cristã deve ser uma escola em que a juventude inexperiente seja educada a dominar seus apetites, do ponto de vista moral e religioso. Deve-lhes ser aí ensinado quão perigoso é brincar com a tentação, divertir-se com o pecado; que não há tal coisa como ser bebedor moderado e temperante; que o caminho do bebericador é sempre descendente. Eles devem ser exortados: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho", pois "no seu fim morderá como a cobra, e como o basilisco picará." -- The Signs of the Times, 29 de Agosto de 1878. Te 165 2 Abstinência total, eis nossa norma -- Quando for apresentada a temperança como parte do evangelho, muitos verão sua necessidade de reforma. Verão o mal das bebidas intoxicantes, e que a única plataforma em que o povo de Deus se pode conscienciosamente colocar, é a abstinência total. -- Testimonies for the Church 7:75. ------------------------Capítulo 38 -- Relação para com os membros da igreja Te 165 3 Elemento vivo e operante na igreja -- No círculo familiar e na igreja, devemos pôr a temperança cristã em elevada plataforma. Ela deve ser um elemento vivo, operante, reformando hábitos, disposições e caráter. A intemperança jaz à base de todo o mal em nosso mundo. -- Manuscrito 50, 1893. Te 165 4 Esses não podemos admitir na igreja -- Que Deus nos conceda estar plenamente despertos para esse horrível mal. Que Ele nos ajude a trabalhar com todas as nossas forças para salvar homens e mulheres e jovens desse esforço do inimigo para enredá-los. Não podemos aceitar na igreja os que usam bebidas alcoólicas ou fumo. Não os podemos admitir. Podemos, porém, ajudá-los a vencer. Podemos dizer-lhes que, abandonando essas práticas nocivas, eles tornarão sua família e a si mesmos mais felizes. Aqueles cujo coração se encontra cheio do Espírito de Deus, não sentirão nenhuma necessidade de estimulantes. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1905. Te 166 1 O verdadeiro converso abandona hábitos e apetites Contaminadores -- Têm os homens e as mulheres muitos hábitos que são contrários aos princípios bíblicos. As vítimas das bebidas alcoólicas e do fumo estão corrompidas no corpo, alma e espírito. Tais pessoas não devem ser recebidas na igreja sem que provem estar verdadeiramente convertidas, e sintam a necessidade da fé que opera por amor e purifica a alma. A verdade divina purifica o verdadeiro crente. Quem está plenamente convertido abandonará todo hábito e apetite envilecedor. Por meio da abstinência total vencerá seu desejo das complacências destruidoras da saúde. -- Evangelismo, 264. ------------------------Capítulo 39 -- Os Adventistas do Sétimo Dia, líderes espirituais Te 166 2 Conserva o vigor e dá resistência -- Pesa sobre todos, e especialmente sobre os ministros que ensinam a verdade, a solene responsabilidade de vencer no que toca ao apetite. A utilidade dos ministros de Cristo seria muito maior se eles exercessem domínio sobre seus apetites e paixões; e suas faculdades mentais e morais seriam mais vigorosas caso eles aliassem o trabalho físico ao mental. Poderiam, com hábitos estritamente temperantes, com a união do trabalho físico e mental, efetuar muito maior quantidade de labor e conservar a clareza da mente. Seguissem eles tal orientação, seus pensamentos e palavras fluiriam mais facilmente, suas práticas religiosas possuir-se-iam de mais energia, e as impressões produzidas sobre seus ouvintes seriam mais assinaladas. Te 167 1 A intemperança no comer, mesmo de alimento apropriado, exercerá um efeito de prostração no organismo, embotando as mais vivas e santas emoções. A estrita temperança no comer e beber é altamente essencial para a saudável conservação e o exercício vigoroso de todas as funções orgânicas. Hábitos estritos de temperança, unidos ao exercício dos músculos bem como do cérebro, conservarão tanto o vigor físico, como o mental, e darão resistência aos que se empenham no ministério, aos redatores, e a todos os outros de hábitos sedentários. -- The Health Reformer, Agosto de 1875. Te 167 2 Seguir o exemplo de Cristo -- Os ministros de Cristo, que professam ser representantes Seus, devem seguir-Lhe o exemplo, e mais que todos os outros, devem formar hábitos de estrita temperança. Cumpre-lhes manter a vida e o exemplo de Cristo diante do povo mediante sua própria vida de abnegação, sacrifício e ativa beneficência. Cristo venceu o apetite em benefício do homem, e em Seu lugar devem eles dar aos outros um exemplo digno de imitação. Aqueles que não sentem a necessidade de empenharem-se na obra de vencer o apetite, deixarão de assegurar preciosas vitórias que poderiam haver ganho, e tornar-se-ão escravos do apetite e da concupiscência, que estão enchendo a taça da iniqüidade dos que habitam sobre a Terra. -- Testimonies for the Church 3:490. Te 167 3 Visão espiritual prejudicada -- Acho-me instruída a dizer a meus irmãos do ministério: Pela intemperança no comer, vós vos tornais incapazes de ver claramente a diferença entre o fogo sagrado e o comum. E por meio dessa intemperança revelais também vossa desconsideração para com as advertências que o Senhor vos tem dado. Eis Sua palavra para vós: "Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz de Seu servo? quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus. Eis todos vós, que acendeis fogo, e vos cingis com faíscas; andai entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas que acendestes; isto vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." Isaías 50:10, 11. -- Testimonies for the Church 7:258. Te 168 1 Um auxílio à clareza de pensamento -- Não temos direito de sobrecarregar nem as faculdades mentais nem as físicas, de maneira que venhamos a ficar facilmente excitados e levados a proferir palavras que desonrem a Deus. O Senhor quer que sejamos sempre calmos e pacientes. Façam os outros o que fizerem, cumpre-nos representar a Cristo procedendo como Ele o faria em idênticas circunstâncias. Te 168 2 Todo dia uma pessoa que se encontra em posição de confiança tem decisões a tomar, das quais dependem resultados de grande importância. Ela precisa muitas vezes pensar com rapidez, e isto só pode ser conseguido por aqueles que exercitam estrita temperança. A mente se fortalece sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Caso a tensão não seja demasiado grande, ela adquire renovado vigor a cada esforço. -- Testimonies for the Church 7:199. Te 168 3 Requisitos quanto aos homens escolhidos para posições de responsabilidade -- Significa muito ser leal a Deus. Ele tem direitos sobre todos quantos se acham empenhados em Seu serviço. Ele deseja que mente e corpo sejam conservados nas melhores condições de saúde, toda faculdade e dom sob a direção divina, e tão vigorosos como os possam tornar cuidadosos e estritos hábitos de temperança. Achamo-nos em obrigação para com Deus de fazermos de nós mesmos incondicional consagração a Ele, corpo e alma, com todas as faculdades estimadas como sendo dons Seus a nós confiados, para serem empregados em Seu serviço. Todas as nossas energias e faculdades devem ser constantemente fortalecidas e aperfeiçoadas no decorrer do tempo de graça que nos concedeu. Unicamente os que apreciarem esses princípios e houverem sido educados a cuidar inteligentemente de seu corpo, no temor de Deus, devem ser escolhidos para tomar responsabilidades em Sua obra. Os que têm estado há longo tempo na verdade, e que todavia não podem distinguir entre os puros princípios da justiça e os do mal, cujo entendimento quanto à justiça, a misericórdia e o amor de Deus é obscuro, devem ser aliviados de responsabilidades. Toda igreja necessita de um testemunho claro, bem definido, dando à trombeta sonido certo. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1907. Te 169 1 Os obreiros pró-saúde devem ser temperantes -- Ele [o médico] vê que aqueles que estão fazendo o curso de enfermagem devem receber cabal educação nos princípios da reforma da saúde, que devem ser ensinados a manter estrita temperança em tudo, porque o descuido relativo às leis da saúde é inescusável naqueles que foram separados para ensinar a outros a maneira de viver. -- Testimonies for the Church 7:74. Te 169 2 Educar, educar, educar -- Visto serem os princípios relativos à saúde e à temperança tão importantes, e serem tantas vezes mal compreendidos, negligenciados ou desconhecidos, devemos educar-nos a nós mesmos, para que possamos, não somente pôr nossa vida em harmonia com esses princípios, mas ensiná-los aos outros. O povo necessita ser educado, regra sobre regra, preceito sobre preceito. O assunto deve ser conservado vivo diante deles. Quase toda família necessita ser despertada. A mente precisa ser esclarecida e a consciência despertada para o dever de praticar os princípios da verdadeira reforma. Te 169 3 Os ministros, em especial devem ser inteligentes nesta questão. Como pastores do rebanho, serão considerados responsáveis por voluntária ignorância e desconsideração das leis da natureza. Busquem eles o que constitui a verdadeira reforma de saúde, e ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como pelo exemplo sereno e coerente. Eles não devem ignorar seu dever nessa matéria, não serem desviados porque alguns os chamem extremistas. Nas convenções, nos cursos, e outras grandes e importantes reuniões, devem ser dadas instruções quanto à saúde e à temperança. Ponde no serviço todo talento disponível, e secundai esse trabalho com publicações acerca do assunto. "Educar, educar, educar", eis o que deve constituir a senha. -- Manuscrito 59, 1890. ------------------------Capítulo 40 -- Influência pré-natal Te 170 1 O verdadeiro princípio da reforma -- Os esforços de nossos obreiros do departamento de temperança não são suficientemente amplos para banir de nossa terra a maldição da intemperança. Os hábitos uma vez formados são difíceis de ser vencidos. A reforma deve começar com a mãe antes do nascimento dos filhos; e se fossem fielmente obedecidas as instruções de Deus, não existiria a intemperança. Te 170 2 Deve ser o constante esforço de toda mãe conformar seus hábitos com a vontade de Deus, para que possam trabalhar em harmonia com Ele, a fim de preservar seus filhos dos vícios destes dias, destruidores da saúde e da vida. Coloquem-se as mães, sem demora, na devida relação com seu Criador, a fim de que possam, assistidas por Sua graça, erguer em volta dos filhos uma barreira contra a dissipação e a intemperança. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 225, 226. Te 170 3 Os hábitos do pai e da mãe -- Em regra, todo homem intemperante que cria filhos, transmite suas inclinações e más tendências a sua prole. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882. Te 170 4 Pelos hábitos da mãe, o filho será afetado, para o bem ou para o mal. Deve ela mesma ser controlada pelos princípios, e praticar a temperança e a renúncia, se quiser buscar o bem-estar do filho. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 218. Te 171 1 A herança de más tendências -- Os pensamentos e sentimentos da mãe terão poderosa influência no legado que ela faz a seu filho. Se ela permite que os próprios pensamentos se demorem em seus sentimentos, se condescende com o egoísmo, se é irritadiça e exigente, a disposição de seu filho testificará desse fato. Assim, muitos receberam como patrimônio tendências quase invencíveis para o mal. O inimigo das almas compreende isto muito melhor que muitos pais. Ele pressiona a mãe com suas tentações, sabendo que, se ela não lhe resistir, ele pode, por meio dela, afetar-lhe o filho. A única esperança da mãe está em Deus. Ela pode para Ele fugir em busca de resistência e de graça; e não o fará em vão. -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. Te 171 2 A mensagem de Deus a toda mãe -- É-nos ensinado nas Escrituras o cuidado com que a mãe deve vigiar seus hábitos de vida. Quando o Senhor quis levantar Sansão como libertador de Israel, "o anjo do Senhor" apareceu à mãe, dando-lhe instruções especiais com relação a seus hábitos, e também quanto ao cuidado da criança. "Agora, pois, não bebas vinho, nem bebida forte, e não comas coisa imunda." Juízes 13:13, 7. Te 171 3 O efeito das influências pré-natais é olhado por muitos pais como coisa de somenos importância; o Céu, porém, não o considera assim. A mensagem enviada por um anjo de Deus, e duas vezes dada da maneira mais solene, mostra que isto merece nossa mais atenta consideração. Te 171 4 Nas palavras dirigidas à mãe hebréia, Deus fala a todas as mães de todas as épocas. "De tudo quanto Eu disse à mulher, se guardará ela." A felicidade da criança será afetada pelos hábitos da mãe. Seus apetites e paixões devem ser regidos por princípios. Existem coisas que lhe convém evitar, coisas a combater, se quer cumprir o desígnio de Deus a seu respeito ao dar-lhe um filho. Se antes do nascimento de seu filho, ela é condescendente consigo mesma, egoísta, impaciente e exigente, esses traços se refletirão na disposição da criança. Assim têm muitas crianças recebido como herança, quase invencíveis tendências para o mal. Mas se a mãe se atém sem reservas aos retos princípios, se é temperante e abnegada, bondosa, amável e esquecida de si mesma, ela pode transmitir ao filho os mesmos traços de caráter. Muito explícita foi a ordem que proibia o uso de vinho pela mãe. Cada gota de bebida forte por ela ingerida para satisfazer seu apetite, põe em perigo a saúde física, mental e moral do filho, sendo um pecado direto contra seu Criador. -- A Ciência do Bom Viver, 372, 373. Te 172 1 Responsáveis pelo bem-estar das futuras gerações -- Se as mulheres das gerações passadas houvessem sempre agido por considerações elevadas, compreendendo que as futuras gerações seriam enobrecidas ou rebaixadas por seu modo de proceder, haveriam decidido que não poderiam unir os interesses de sua vida a homens que nutriam apetites anormais pelas bebidas alcoólicas e o fumo, veneno lento mas certo e mortífero, enfraquecendo o sistema nervoso, e aviltando as nobres faculdades da mente. Se os homens quisessem permanecer ligados a esses hábitos vis, as mulheres deviam havê-los deixado a sua vida de bem-aventurança celibatária, para fruírem os companheiros de sua escolha. As mulheres não se deveriam considerar de tão pouco valor que unissem seu destino a homens que não tinham domínio sobre seus apetites, mas cuja principal felicidade consistia em comer e beber, e satisfazer as paixões animais. Te 172 2 As mulheres não seguiram sempre os ditames da razão em vez de ao impulso. Não sentiram em elevado grau as responsabilidades que sobre elas impendem, para formarem ligações de vida tais que iriam imprimir em seus descendentes um baixo nível moral, e transmitir-lhes a paixão para satisfazer apetites inferiores a custo da saúde, e mesmo da vida. Deus as considerará responsáveis, em grande medida, pela saúde física e o caráter moral assim passado às futuras gerações. -- How to Live 2:27, 28. Te 173 1 O recém-nascido -- A indagação de pais e mães deve ser: "Que faremos com o filho que nos vai nascer?" Temos apresentado ao leitor o que Deus disse acerca do procedimento da mãe antes do nascimento de seus filhos. Isto, porém, não é tudo. O anjo Gabriel foi enviado das cortes celestes para dar instruções quanto ao cuidado dos filhos ao nascerem, a fim de que os pais compreendessem plenamente seu dever. Te 173 2 Cerca do tempo do primeiro advento de Cristo o anjo Gabriel veio ter com Zacarias, com uma mensagem semelhante à que fora dada a Manoá. Foi dito ao idoso sacerdote que sua esposa teria um filho, cujo nome seria João. "E", disse o anjo, "terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento. Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo." Esse filho da promessa devia ser criado segundo hábitos estritamente temperantes. Uma importante obra de reforma ser-lhe-ia confiada: preparar o caminho para Cristo. Te 173 3 Intemperança em todas as formas campeava entre o povo. O gozo do vinho e das comidas muito condimentadas, estava diminuindo a força física e degradando a moral em tão grande extensão, que os crimes mais revoltantes não se afiguravam pecaminosos. A voz de João devia ressoar no deserto em severa repreensão aos pecaminosos prazeres do povo, e seus próprios hábitos abstêmios deviam também ser uma reprovação aos excessos de seu tempo. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 225. ------------------------Capítulo 41 -- O poder das tendências hereditárias Te 173 4 Transmitidos os desejos insaciáveis -- Pai e mãe transmitem aos filhos seus característicos mentais e físicos, e suas disposições e apetites. Como resultado da intemperança paterna, as crianças muitas vezes têm falta de força física, e de capacidade mental e moral. Alcoólicos e fumantes podem transmitir, a seus filhos seu insaciável desejo, o sangue inflamado e os nervos irritáveis; e efetivamente o fazem. O libertino lega muitas vezes à prole, como herança, os seus desejos impuros, e mesmo moléstias repugnantes. E, como os filhos têm menos força para resistir à tentação do que o tiveram seus pais, a tendência é para que cada geração decaia mais e mais. -- Patriarcas e Profetas, 561. Te 174 1 Até à terceira e quarta geração -- Nossos ancestrais nos legaram costumes e apetites que estão enchendo o mundo de enfermidades. Os pecados dos pais, mediante o apetite pervertido, são com terrível poder visitados nos filhos até à terceira e quarta gerações. A errônea alimentação de muitas gerações, os hábitos glutões e a condescendência própria, que há no povo, estão enchendo nossos albergues, prisões e hospícios. A intemperança no tomar chá e café, vinho, cerveja, rum e sidra, e o uso do fumo, ópio e outros narcóticos, têm redundado em grande degenerescência mental e física, a qual vai em contínuo progresso. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1884. Te 174 2 O legado às gerações vindouras -- Onde quer que os hábitos dos pais sejam contrários à lei física, o dano causado a si mesmos repetir-se-á nas gerações futuras. -- Manuscrito 3, 1897. Te 174 3 A raça geme sob o fardo do infortúnio acumulado, em virtude dos pecados das gerações anteriores. Todavia, quase sem um pensamento ou cuidado, homens e mulheres da geração atual condescendem com a intemperança pelo empanzinamento e a bebedice, deixando assim como legado à geração seguinte a enfermidade, o intelecto debilitado e uma moral poluída. -- Testimonies for the Church 4:31. Te 174 4 Neutralizar tendências herdadas -- Os pais talvez transmitissem a seus filhos tendências e apetites e paixões que dificultem mais a obra de educar e exercitar esses filhos para serem estritamente temperantes e terem hábitos puros e virtuosos. Se o desejo de comidas prejudiciais e estimulantes e narcóticos lhes foi transmitido como um legado paterno, que responsabilidade terrivelmente solene repousa sobre os pais quanto a contrabalançar as más tendências que passaram a seus filhos! Quão zelosa e diligentemente devem os pais trabalhar para cumprir seu dever, com esperança e fé, para com seus infortunados rebentos! -- Testimonies for the Church 3:567, 568. Te 175 1 Enfrentar a onda do mal -- Muitos sofrem em conseqüência da transgressão dos pais. Conquanto não sejam responsáveis pelo que seus pais fizeram, é no entanto seu dever procurar verificar o que é e o que não é violação das leis da saúde. Devem evitar os hábitos errôneos de seus pais, e mediante uma vida correta, colocar-se em melhores condições. -- A Ciência do Bom Viver, 234. Te 175 2 Requer-se agora maior força moral -- A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade, fortalecida pela graça de Deus, a fim de opor-se às tentações de Satanás, e resistir à mínima complacência com o apetite pervertido, é muitíssimo maior do que era algumas gerações atrás. A presente geração, no entanto, tem menos poder de domínio próprio do que os que viviam então. Os que condescendiam com esses estimulantes transmitiam seus apetites pervertidos e suas paixões aos próprios filhos, de modo que requer-se agora maior força moral para resistir à intemperança em todas as suas formas. O único meio perfeitamente seguro é ficar firme, observando estrita temperança em tudo, não se aventurando nunca no caminho do perigo. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37. ------------------------Capítulo 42 -- Formação de padrões de conduta Te 175 3 Começar com a infância -- Comecem os pais a cruzada contra a intemperança em sua própria lareira, no seio da família, nos princípios que ensinam seus filhos a seguirem desde a infância, e poderão esperar bom êxito. -- Testimonies for the Church 3:567. Te 176 1 Ensinar diligentemente -- Ensinai desde o berço vossos filhos a exercerem a abnegação e o domínio de si mesmos. ... Impressionai-lhes a tenra mente com a verdade de que não é o desígnio divino que vivamos meramente para satisfazer nossas inclinações atuais, mas para nosso bem final. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resistir-lhe, nobreza e varonilidade. Essas lições serão como sementes lançadas em boa terra, e produzirão frutos que farão a alegria de vosso coração. -- A Ciência do Bom Viver, 386. Te 176 2 A importância de começar cedo -- Nunca se pode acentuar demasiado a importância da educação ministrada à criança em seus primeiros anos de existência. As lições aprendidas, os hábitos formados durante os anos da infância, têm mais que ver com o caráter e a direção da vida, do que todas as instruções e educação dos anos posteriores. -- A Ciência do Bom Viver, 380. Te 176 3 A vasta influência dos primeiros hábitos -- Em grande medida, o caráter é formado nos primeiros anos. Os hábitos então estabelecidos têm mais influência que qualquer dom natural em fazer homens gigantes ou anões no intelecto; pois os melhores talentos podem, mediante hábitos errôneos, ser deformados ou enfraquecidos. Quanto mais cedo na vida uma pessoa contrai hábitos nocivos, tanto mais firmemente prenderão eles sua vítima em servidão, e tanto mais certo é baixarem-lhes eles a norma de espiritualidade. -- Conselhos Sobre Saúde, 112, 113. Te 176 4 Dificuldade para desaprender hábitos estabelecidos -- Muito difícil é desaprender os hábitos com que condescendemos no decorrer da vida. O demônio da intemperança tem força gigantesca, e não é facilmente vencido. ... Valerá a pena, mães, empregardes as horas preciosas que Deus vos dá em formar o caráter de vossos filhos, e ensinar-lhes a aderir estritamente aos princípios de temperança no comer e beber. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 79. Te 177 1 Despertar precoce apetite para a bebida alcoólica -- Ensinai vossos filhos a aborrecer os estimulantes. Quantos estão ignorantemente promovendo neles um apetite dessas coisas! Vi na Europa enfermeiras chegando aos lábios de pequeninos inocentes o copo de vinho ou cerveja, cultivando assim neles o gosto dos estimulantes. Ao crescerem, aprendem a depender mais e mais dessas coisas, até que, a pouco e pouco, são vencidos, sendo arrastados para além do alcance do auxílio, terminando por ocupar a campa de um beberrão. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 235. Te 177 2 Os primeiros três anos -- Permiti que o egoísmo, a cólera e a voluntariedade sigam sua direção nos primeiros três anos da vida de uma criança, e difícil será levá-la a submeter-se à sã disciplina. Sua disposição tornou-se azeda; ela se deleita em seguir sua própria vontade; desagradável é o domínio paterno. Essas más tendências desenvolvem-se à medida que ela cresce, até que, na varonilidade, o supremo egoísmo e a falta de controle sobre si mesmo o coloca à mercê dos males que andam desenfreados em nossa terra. -- The Health Reformer, Abril de 1877. Te 177 3 Pesada responsabilidade dos pais -- Quão difícil é obter a vitória sobre o apetite, uma vez estabelecido! Quão importante criarem os pais seus filhos com gostos puros e apetites não pervertidos! Os pais devem sempre lembrar que sobre eles repousa a responsabilidade da educação das crianças de maneira que venham a ter fibra moral para resistir ao mal que os há de rodear ao saírem para o mundo. Te 177 4 Cristo não pediu a Seu Pai que tirasse os discípulos do mundo, mas que os livrasse do mal que há no mundo, que os guardasse de cederem às tentações que haviam de enfrentar de todo lado. Essa oração devem os pais fazer por seus filhos. Pleitearão, porém, eles com Deus, e depois deixarão seus filhos fazerem o que lhes apraz? Deus não pode proteger do mal os filhos se os pais não cooperam com Ele. Os pais devem empreender brava e animosamente sua obra, levando-a avante com incansável esforço. -- The Review and Herald, 9 de Julho de 1901. Te 178 1 Os que condescendem com o apetite de uma criança, e não a ensinam a dominar suas paixões, poderão posteriormente ver, no amante do fumo, no escravo da bebida alcoólica, de sentidos embotados, e lábios que proferem mentiras e impiedades, o terrível erro que cometeram. -- Conselhos Sobre Saúde, 114. Te 178 2 Moldar o caráter para resistir à tentação -- Os primeiros passos para a intemperança, são de ordinário dados na infância ou adolescência. Dá-se à criança alimento estimulante, e são despertados desejos intensos, não naturais. Esses apetites depravados são incentivados à medida que se desenvolvem. O gosto torna-se cada vez mais pervertido; são ardentemente desejados estimulantes, e satisfeitos esses desejos, até que em breve o escravo do apetite atira para o lado todas as restrições. O mal começou cedo na vida, e poderia haver sido prevenido pelos pais. Testemunhamos em nosso país ingentes esforços para derribar a intemperança; mas tem-se verificado árdua tarefa dominar e acorrentar o leão crescido e vigoroso. Te 178 3 Se metade dos esforços empregados para deter esse gigantesco mal fossem dirigidos para o esclarecimento dos pais quanto a sua responsabilidade na formação dos hábitos e caráter de seus filhos, mil vezes mais benefício resultaria do que da maneira atual de combater apenas o mal depois de desenvolvido. O desejo fora do natural de bebidas alcoólicas, desenvolve-se no lar, em muitos casos, na própria mesa dos mais zelosos em liderar as campanhas de temperança. ... Te 178 4 Os pais não devem considerar levemente a obra de educar seus filhos. É preciso empregar muito tempo no estudo cuidadoso das leis que regulam nosso ser. Devem tornar seu primeiro objetivo aprender a maneira apropriada de lidarem com seus filhos, a fim de assegurar-lhes mente e corpo sãos. Muitos são os pais controlados pelo hábito em lugar da sã razão e das reivindicações de Deus. Muitos que professam ser seguidores de Cristo são lamentavelmente negligentes nos deveres domésticos. Não percebem a sagrada importância do depósito que Deus lhes pôs nas mãos, de moldarem por tal maneira o caráter de seus filhos que eles tenham força moral para resistir às muitas tentações que enredam os pés da juventude. -- The Signs of the Times, 17 de Novembro de 1890. Te 179 1 Começar com o berço -- Houvessem os pais cumprido o seu dever de pôr à mesa alimentos saudáveis, rejeitando as substâncias estimulantes e irritantes, e houvessem ao mesmo tempo ensinado a seus filhos o domínio de si mesmos, e educado seu caráter no sentido de desenvolver força moral, não teríamos agora de lidar com o leão da intemperança. Depois de haverem-se formado hábitos de condescendência com o apetite, e crescido à medida que eles crescem, e se robustecido na proporção em que eles se fortalecem, quão difícil é para os que não foram devidamente exercitados na juventude romper com os hábitos errôneos e aprenderem a restringir-se e a seu apetite anormal! Quão difícil ensinar a essas pessoas e fazê-las sentir a necessidade da temperança cristã quando atingem à maturidade! As lições de temperança devem começar com a criança embalada em seu berço. -- The Review and Herald, 11 de Maio de 1876. Te 179 2 O ajuste final -- Quando pais e filhos se encontrarem no final ajuste de contas, que cena se apresentará então! Milhares de filhos que foram escravos do apetite e dos vícios aviltantes, cujas vidas são ruínas morais, hão de estar face a face com os pais que os tornaram o que eles são. Quem senão os pais deve levar essa terrível responsabilidade? Fez o Senhor corruptos esses jovens? Oh, não! Ele os fez a Sua imagem, um pouco menores do que os anjos. -- Testimonies for the Church 3:568. ------------------------Capítulo 43 -- Exemplo e guia paternos Te 180 1 Responsáveis pelo caráter -- Poucos pais, todavia, reconhecem que seus filhos são o que seu exemplo e sua disciplina os fez, e que eles são responsáveis pelo caráter que os filhos desenvolvem. -- The Health Reformer, de Dezembro de 1872. Te 180 2 Há trabalho para as mães no ajudarem seus filhos a formarem hábitos corretos e gostos puros. Educai o apetite; ensinai as crianças a aborrecerem estimulantes. Criai vossos filhos de maneira a terem fibra moral a fim de resistirem ao mal que os circunda. Ensinai-lhes que não são para serem levados por outros, que não devem ceder a fortes influências, mas influenciarem outros para o bem. -- A Ciência do Bom Viver, 334, 335. Te 180 3 A mãe um exemplo -- A mulher deve ocupar posição mais santa e elevada na família, que o rei em seu trono. Sua grande obra é tornar a própria vida um exemplo vivo, o qual ela desejaria que seus filhos imitassem. -- Testimonies for the Church 3:566. Te 180 4 Temperança em todos os detalhes da vida doméstica -- Os pais dever-se-iam conduzir de tal maneira, que sua vida seja diária lição de domínio próprio e de paciência para sua família. ... Insistimos em que os princípios de temperança sejam introduzidos em todos os detalhes da vida doméstica; que o exemplo dos pais seja uma lição de temperança. -- The Signs of the Times, 20 de Abril de 1882. Te 180 5 Deus secundará os esforços dos pais -- Quando assumis vossos deveres paternais, na força de Deus, com a firme decisão de nunca afrouxar vossos esforços, nem abandonar o posto de dever, lutando para tornar vossos filhos aquilo que Ele quer que eles sejam, então o Senhor vos olha aprovadoramente. Ele sabe que estais fazendo o melhor que vos é possível, e vos acrescentará o poder. Ele próprio fará a parte da obra que o pai e a mãe não podem efetuar; cooperará com os sábios, pacientes e bem dirigidos esforços da mãe temente a Deus. Pais, Deus não Se propõe a fazer a obra que deixou para realizardes em vosso lar. É preciso não vos abandonardes à indolência e serdes servos negligentes, se quiserdes que vossos filhos sejam salvos dos perigos que os rodeiam no mundo. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1888. ------------------------Capítulo 44 -- Ensinar abnegação e domínio próprio Te 181 1 Começar com a primeira infância -- Abnegação e domínio próprio devem ser ensinados às crianças, e exigidos delas até onde for coerente, desde a primeira infância. E primeiro é importante que seja ensinado aos pequeninos que eles comem para viver, e não vivem para comer; que o apetite precisa ser mantido em obediência à vontade; e que esta deve ser governada pela razão calma e inteligente. -- The Signs of the Times, 20 de Abril de 1882. Te 181 2 Ensinar princípios de reforma -- Pais e mães, velai em oração. Guardai-vos estritamente da intemperança em toda forma. Ensinai a vossos filhos os princípios da verdadeira reforma de saúde. Ensinai-lhes o que devem evitar a fim de conservarem a saúde. Já a ira de Deus começou a visitar os filhos da desobediência. Que crimes, que pecados, que práticas iníquas estão sendo reveladas de todos os lados! -- Testimonies for the Church 9:160. Te 181 3 Ensinai o verdadeiro objetivo da vida -- Foram dadas na Palavra de Deus explícitas instruções. Sejam esses princípios obedecidos pela mãe, com a cooperação e apoio do pai, e sejam as crianças exercitadas desde a infância em hábitos de domínio próprio. Ensine-se-lhes que o objetivo da vida não é satisfazer os apetites sensuais, mas honrar a Deus e beneficiar seus semelhantes. Te 181 4 Pais e mães, trabalhai diligente e fielmente, descansando em Deus quanto à graça e a sabedoria. Sede firmes, e todavia brandos. Em todas as vossas ordens cuidai garantir o mais elevado bem de vossos filhos, e então vede que essas ordens sejam obedecidas. Vossa energia e decisão precisam ser inabaláveis, no entanto sempre subordinadas ao Espírito de Cristo. Então poderemos na verdade esperar "que nossos filhos sejam como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina, lavradas como colunas de um palácio". -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. Te 182 1 Os pais têm a culpa se os filhos são ébrios -- Há lamento geral por causa de a intemperança dominar em tão assustadora extensão; mas atribuímos a causa primária aos pais e mães que puseram na mesa os meios pelos quais o apetite de seus filhos foram educados para estimulantes que excitam. Eles próprios semearam em seus filhos as sementes da intemperança, e é culpa sua se eles se tornam bebedores. -- The Health Reformer, Maio de 1877. Te 182 2 O alimento muitas vezes é de forma a excitar o desejo de bebidas estimulantes. Pratos muito complicados são colocados perante as crianças -- alimentos condimentados, molhos muito temperados, bolos e pastelarias. Esse alimento altamente condimentado irrita o estômago e causa o desejo de estimulantes mais fortes. Não só é o apetite tentado com alimento inadequado, do qual às crianças se deixa comer livremente na hora das refeições, mas permite-se-lhes comer entre as refeições, e quando chegam aos doze ou catorze anos de idade, são muitas vezes consumados dispépticos. Te 182 3 Talvez já tenhais visto uma gravura do estômago de pessoa viciada na bebida forte. Estado semelhante é produzido pela influência de condimentos fortes. Com o estômago nessas condições, apresenta-se um desejo de algo mais para satisfazer as exigências do apetite, alguma coisa mais forte, e sempre mais forte. Em seguida descobrireis vossos filhos na rua, aprendendo a fumar. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 235, 236. Te 182 4 Estrada da intemperança -- Em sua ignorância ou negligência, os pais dão aos filhos as primeiras lições de intemperança. À mesa, carregada de condimentos prejudiciais, comida indigesta e gulodices cheias de especiarias, a criança adquire o gosto do que lhe é nocivo, que tende a irritar as delicadas membranas do estômago, inflama o sangue e fortalece as paixões animais. O apetite logo anseia por alguma coisa mais forte, e é usado o fumo para satisfazer esse anseio. Como essa satisfação serve apenas para aumentar o anormal desejo de estimulantes, eles recorrem logo à bebida alcoólica, seguindo-se a embriaguez. Eis o curso da grande estrada da intemperança. -- The Review and Herald, 6 de Setembro de 1877. Te 183 1 Paralisadas as energias morais -- Mediante o apetite, inflamam-se as paixões, e paralisam-se as energias morais, de modo que as instruções paternas nos princípios de moralidade e piedade genuína caem nos ouvidos sem afetar o coração. As mais terríveis advertências e ameaças da Palavra de Deus não têm poder suficiente para despertar o intelecto embotado e a consciência violada. Te 183 2 A satisfação do apetite e da paixão põe em febre e debilita a mente, inabilitando para a educação. Nossa juventude necessita instrução fisiológica, bem como de outros conhecimentos literários e científicos. Importante é para eles compreender a relação existente entre o que comem e bebem, bem como seus hábitos gerais, e a saúde e a vida. À medida que compreenderem sua própria estrutura, saberão como guardar-se contra a debilidade e a doença. Com boa constituição, há esperança de realizar quase tudo. Beneficência, amor e piedade podem ser cultivados. A carência de vigor físico manifestar-se-á em enfraquecidas energias morais. Diz o apóstolo: "Não reine portanto o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências." -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. Te 183 3 É da conta de alguém -- Deveis estudar a temperança em tudo. Cumpre-vos estudá-la no que comeis e no que bebeis. Todavia, dizeis: "Não é da conta de ninguém o que eu como, ou o que bebo, ou o que ponho em minha mesa." É da conta de alguém, a menos que enclausureis vossos filhos, ou vades para o deserto onde não sejais pesados a outros, e onde vossos filhos desgovernados, viciosos não corrompam a sociedade em que vivem. -- Testimonies for the Church 2:362. Te 184 1 Educar visando a independência moral -- Os pais devem educar seus filhos a terem independência moral, a não seguirem impulsos e inclinações, mas exercerem suas faculdades de raciocínio, e agirem segundo os princípios. Não busquem as mães saber qual é a última moda, mas o caminho do dever e da utilidade, por ele dirigindo os passos de seus filhos. Hábitos simples, moral pura e uma nobre independência na justa direção, serão de mais valor para os jovens que os dons do gênio, os dotes do saber, ou o polimento exterior que o mundo lhes possa dar. Ensinai vossos filhos a andarem nos caminhos da justiça, e eles, por sua vez, levarão outros à mesma direção. Assim vereis afinal que vossa vida não foi em vão, pois fostes instrumentos para levar frutos preciosos ao celeiro de Deus. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. Te 184 2 Primeira preocupação dos pais, as leis da vida -- Os pais devem tornar o compreender as leis da vida e da saúde sua primeira preocupação, para que não façam nada no preparo do alimento, ou por meio de outros hábitos, que desenvolvam em seus filhos tendências errôneas. Quão cuidadosamente devem as mães estudar como preparar sua mesa com a comida mais simples e mais saudável, para que os órgãos digestivos não se enfraqueçam, desequilibrem as forças nervosas, e as instruções que devem dar a seus filhos não sejam anuladas pelo alimento posto diante deles. Esse alimento ou enfraquece ou revigora os órgãos digestivos, e tem muito que ver com o controle da saúde física e moral dos filhos, que são a propriedade de Deus, comprada a preço de sangue. Que sagrado depósito é confiado aos pais em guardar a constituição física e moral de seus filhos, de modo que o sistema nervoso seja equilibrado, e a alma livre de perigo! -- Testimonies for the Church 3:568. Te 184 3 As crianças também devem compreender fisiologia -- Devem os pais procurar despertar nos filhos interesse no estudo da fisiologia. Desde o primeiro alvorecer da razão deve a mente humana ter entendimento a respeito da constituição física. Podemos ver e admirar a obra de Deus no mundo natural, mas a habitação humana é a mais maravilhosa. É, pois, da máxima importância que dentre os estudos escolhidos para as crianças, ocupe a fisiologia lugar relevante. Todas as crianças devem estudá-la. E então devem os pais providenciar para que a ela se acrescente a higiene prática. Te 185 1 As crianças devem ser ensinadas de modo a compreender que todo órgão do corpo e toda faculdade do espírito é dom de um Deus bom e sábio, e que cada um destes dons deve ser usado para Sua glória. Deve-se insistir nos hábitos corretos de comer, beber e vestir. Maus hábitos tornam os jovens menos susceptíveis à instrução bíblica. As crianças devem ser guardadas contra a satisfação do apetite, em especial, o uso de estimulantes e narcóticos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 125, 126. Te 185 2 Preparados para enfrentar a tentação -- As crianças devem ser exercitadas e educadas de maneira que saibam que encontrarão dificuldades, e esperem tentações e perigos. Cumpre ensiná-las a dominar-se, e a vencer nobremente as dificuldades; e se elas não se precipitarem voluntariamente para o perigo, nem se colocarem desnecessariamente no caminho da tentação; se evitarem más influências e o convívio dos viciosos, e forem então compelidas inevitavelmente a estar em companhias perigosas, terão resistência de caráter para ficar firmes ao lado do direito e conservar os princípios, e sairão, no poder de Deus, com sua moral imaculada. A força moral da juventude que foi devidamente educada, pondo eles em Deus sua confiança, estará à altura de resistir à mais forte prova. -- The Health Reformer, Dezembro de 1872. Te 185 3 Caso fossem implantados na juventude que deverá formar e moldar a sociedade, os retos princípios da temperança, pouca necessidade haveria de cruzadas nesse sentido. Firmeza de caráter, controle moral, haviam de dominar, e no poder de Jesus as tentações destes últimos dias seriam vencidas. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 79. ------------------------Capítulo 45 -- A juventude e o futuro Te 186 1 Índice do futuro -- A juventude de hoje é seguro índice da futura sociedade; e tal como a vemos, que podemos esperar do futuro? A maioria é amante de divertimentos e avessa ao trabalho. Falta-lhes coragem moral para negarem-se a si mesmos e atenderem às reclamações do dever. Não possuem senão um fraco domínio próprio, e ficam excitados e encolerizados pelas menores coisas. Muitos, em todas as idades e posições sociais, carecem de princípios ou de consciência; e com seus hábitos ociosos, perdulários, estão correndo para o vício e corrompendo a sociedade, até que nosso mundo se está tornando uma segunda Sodoma. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 45. Te 186 2 O tempo de estabelecer bons hábitos -- Se são formados na juventude hábitos corretos e virtuosos, eles assinalarão geralmente a direção do seu possuidor através da existência. Verificar-se-á, na maioria dos casos, que os que em anos posteriores reverenciam a Deus e honram o direito, aprenderam essa lição antes de haver tempo de o mundo estampar sua imagem de pecado na alma. Os de idade madura são geralmente tão insensíveis a novas impressões como a rocha endurecida; a juventude, porém, é impressionável. A mocidade é o tempo de adquirir conhecimento para a prática diária no decorrer da vida; então é possível formar facilmente um caráter reto. É o tempo de formar hábitos bons, adquirir e conservar o poder do domínio de si mesmo. A juventude é a estação da semeadura, e a semente lançada determina a colheita, tanto para esta vida como para a futura. -- Conselhos Sobre Saúde, 113. Te 186 3 Ser temperante é ser varonil -- A única maneira por que alguém se pode resguardar do poder da intemperança, é abster-se inteiramente do vinho, da cerveja e das bebidas fortes. Precisamos ensinar a nossos filhos que para serem varonis, precisam deixar essas coisas em paz. Deus nos tem mostrado o que constitui a verdadeira varonilidade. O que vencer é que será honrado, e não terá seu nome apagado do livro da vida. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 37. Te 187 1 Em nossas grandes cidades há bares à direita e à esquerda, tentando os transeuntes a satisfazer a sede que, uma vez estabelecida, é demasiado difícil vencer. A juventude deve ser exercitada em nunca tocar no fumo ou em bebida intoxicante. O álcool priva os homens de sua faculdade de raciocínio. -- The Review and Herald, 15 de Junho de 1905. Te 187 2 Nadabe e Abiú haviam formado o hábito de beber -- Qualquer coisa que diminua as forças físicas enfraquece a mente, e torna-a menos clara para discernir entre o bem e o mal, entre o direito e o erro. Este princípio é ilustrado no caso de Nadabe e Abiú. Deu-lhes Deus sacratíssima obra a fazer, permitindo-lhes chegar perto dEle no serviço que lhes fora designado; eles, porém, tinham o hábito de beber vinho, e entraram no serviço santo do santuário com a mente confusa. ... "Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor." -- Fundamentos da Educação Cristã, 427, 428. Te 187 3 Uma advertência a pais e a jovens -- Pais e filhos devem ser advertidos pela história de Nadabe e Abiú. O apetite, sendo satisfeito, perverteu as faculdades de raciocínio, e levou à transgressão de uma ordem expressa, o que trouxe o juízo de Deus sobre eles. Não obstante filhos não haverem tido a devida instrução, e seu caráter não haver sido corretamente moldado, Deus Se propõe a ligá-los consigo como fez com Nadabe e Abiú, se eles ouvirem a Seus mandamentos. Se eles, com fé e coragem, puserem sua vontade em submissão à vontade de Deus, Ele os ensinará, e sua vida pode ser como o branco e puro lírio, cheio de fragrância nas águas estagnadas. Eles precisam resolver, na força de Jesus, controlar a inclinação e a paixão, e ganhar dia a dia vitórias sobre as tentações de Satanás. Este é o caminho que Deus designou para os homens servirem a Seus altos desígnios. -- The Signs of the Times, 8 de Julho de 1880. Te 188 1 Aquele que é digno de honra -- O jovem que está determinado a manter seu apetite sob o controle de Deus, e que recusa a primeira tentação de tomar bebida intoxicante, dizendo cortesmente mas com firmeza: "Não, obrigado", é aquele que é digno de honra. Tomem os jovens sua atitude de abstinentes totais, ainda que os homens que ocupem altas posições no mundo não tenham a coragem moral de pôr-se ousadamente contra um hábito que é ruinoso à saúde e à vida. -- Carta 166, 1903. Te 188 2 A influência de um jovem consagrado -- Um jovem que foi instruído pela devida educação doméstica, colocará sólidas vigas na construção de seu caráter, e pelo exemplo e pela vida, uma vez que suas faculdades sejam devidamente empregadas, ele se tornará uma força em nosso mundo para conduzir outros para o alto e para a frente na senda da justiça. A salvação de uma alma é a salvação de muitas almas. -- The Review and Herald, 10 de Julho de 1888. Te 188 3 Tecendo uma teia de hábitos -- Lembrai-vos de que estais diariamente tecendo para vós mesmos uma teia de hábitos. Se esses hábitos forem em harmonia com a regra bíblica, estais cada dia dando passos em direção ao Céu, crescendo na graça e no conhecimento da verdade; e como a Daniel, Deus vos dará sabedoria. Não escolhereis o caminho da satisfação egoísta. Segui hábitos da mais estrita temperança, e sede cuidadosos de manter santas as leis que Deus estabeleceu para vos governar o ser físico. Deus tem direitos sobre vossas faculdades, portanto, é pecado a desatenção negligente às leis da saúde. Quanto melhor observardes essas leis, tanto mais claramente podereis discernir as tentações e resistir-lhes, e tanto mais claramente podeis discernir o valor das coisas eternas. -- The Youth's Instructor, 25 de Agosto de 1886, p. 135. Te 189 1 O exemplo de Daniel -- Nenhum rapaz ou moça poderia ser mais tentado do que foram Daniel e seus companheiros. A esses quatro moços hebreus foram oferecidos vinho e iguarias da mesa do rei. Eles, porém, preferiram ser temperantes. Viram que havia perigos de todos os lados, e que, se haviam de resistir à tentação, deveriam fazer mais decididos esforços por sua parte, confiando a Deus os resultados. O jovem que desejar subsistir como fez Daniel, precisa exercer ao máximo suas energias espirituais, cooperando com Deus, e confiando inteiramente na força por Ele prometida a todos os que a Ele vão com humilde obediência. Te 189 2 Há constante luta a ser mantida entre a virtude e o vício. Os elementos discordantes de um, e os puros princípios do outro, acham-se em operação em busca do predomínio. Satanás aproxima-se de toda alma com qualquer forma de tentação no sentido da condescendência com o apetite. Reina de maneira assustadora a intemperança. Para onde quer que olhemos, vemos esse mal carinhosamente nutrido. Te 189 3 É honroso recusar -- Os seguidores de Jesus nunca se envergonharão de ser temperantes em tudo. Por que, então, dever-se-ia o jovem envergonhar de recusar o copo de vinho ou de espumante cerveja? A recusa a satisfazer o apetite pervertido é uma ação honrosa. Pecar não é varonil; condescender com hábitos prejudiciais no comer e beber, é fraqueza, covardia, rebaixamento; negar ao apetite pervertido, porém, é força, valor, nobreza. Na corte de Babilônia, Daniel estava rodeado de seduções para pecar, mas com o auxílio de Cristo permaneceu em sua integridade. Aquele que não é capaz de resistir à tentação, quando toda a facilidade para vencer foi posta a seu alcance, não é registrado nos livros do Céu como um homem. Te 189 4 Ousai ser um Daniel, ousai erguer-vos só! Tende a coragem de fazer o que é reto. Uma reserva covarde e silenciosa diante de maus companheiros, enquanto lhes escutais os planos, torna-vos um deles. "Saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai; e vós sereis para Mim filhos e filhas." Te 190 1 É necessário coragem moral -- Em todos os tempos e em todas as ocasiões requer coragem moral aderir aos princípios de estrita temperança. Podemos esperar que, seguindo essa orientação, havemos de surpreender os que não seguem totalmente a abstenção de todos os estimulantes; mas como havemos de levar avante a obra de reforma, se nos conformamos aos hábitos e práticas nocivos daqueles com quem nos associamos? ... Te 190 2 Em nome e no poder de Jesus, todo jovem pode vencer hoje o inimigo no que concerne ao apetite pervertido. Meus jovens amigos, avançai passo a passo, até que todos os vossos hábitos estejam em harmonia com as leis da vida e da saúde. Aquele que venceu no deserto da tentação, declara: "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Meu assentei com Meu Pai no Seu trono." -- The Youth's Instructor, 16 de Julho de 1903. Te 190 3 Não afastado da tentação -- Daniel amava, temia e obedecia a Deus. Todavia não fugiu para longe do mundo para evitar sua corruptora influência. Na providência de Deus ele devia estar no mundo, todavia não ser do mundo. Com todas as tentações e fascinações da vida da corte em torno de si, ele permaneceu na integridade de sua alma, firme como uma rocha em sua aderência aos princípios. Ele fez de Deus sua força e não foi por Ele abandonado no tempo de sua maior necessidade. -- Testimonies for the Church 4:569, 570. Te 190 4 O resultado da fiel educação doméstica -- Os pais de Daniel haviam-no educado em sua infância em hábitos de estrita temperança. Haviam-lhe ensinado que se devia harmonizar em todos os seus hábitos com as leis da natureza; que a maneira por que ele comia e bebia tinha direta influência sobre sua natureza física, mental e moral, e que ele era responsável para com Deus por seus dons; pois considerava-os a todos como dotes vindos de Deus, e não devia, por qualquer modo de proceder, amesquinhá-los ou prejudicá-los. Em resultado desse ensino, a lei de Deus foi exaltada em seu espírito, e reverenciada em seu coração. Nos primeiros anos de seu cativeiro, Daniel passou por uma prova que o devia familiarizar com a grandeza da corte, com a hipocrisia e o paganismo. Estranha escola, em verdade, para habilitá-lo para uma vida de sobriedade, laboriosidade e fidelidade! Todavia ele viveu incontaminado pela atmosfera corrupta que o circundava. Te 191 1 A experiência de Daniel e seus jovens companheiros ilustra os benefícios que podem resultar de um regime abstêmio, e mostra o que Deus fará por aqueles que cooperam com Ele na purificação e erguimento da alma. Eles foram uma honra para Deus, e uma luz ardente e resplandecente na corte de Babilônia. Te 191 2 O chamado de Deus a nós -- Ouvimos, nessa história, a voz de Deus se dirigindo a nós, individualmente, ordenando-nos que reunamos todos os preciosos raios de luz sobre esse assunto que é a temperança cristã, e coloquemo-nos na devida relação para com as leis da saúde. Te 191 3 Queremos uma parte na herança eterna. Queremos um lugar na cidade de Deus, livre de toda impureza. Todo o Céu está observando a ver como estamos combatendo o combate contra a tentação. Todos os que professam o nome de Cristo, andem de tal maneira perante o mundo, que ensinem pelo exemplo assim como por preceito os princípios da verdadeira maneira de viver. "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 23, 24. Te 191 4 Estudantes cuidarem -- A natureza do alimento e o modo por que é ele comido exercem poderosa influência sobre a saúde. Muitos estudantes nunca fizeram um decidido esforço para governar o apetite, ou observar as regras devidas com relação ao comer. Alguns comem demasiado em suas refeições, e outros comem entre as refeições sempre que a tentação se lhes apresente. Te 192 1 Deve-se fazer com que a necessidade de cuidado nos hábitos do regime impressione a mente de todos os estudantes. Fui instruída quanto a não deverem servir-se aos que freqüentam nossas escolas, alimentos cárneos nem iguarias reconhecidas como prejudiciais à saúde. Nada que sirva para acoroçoar o desejo de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para todos que se recusem a comer as coisas que prejudiquem a saúde. Assim podem servir ao Senhor por sacrifício. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 267. Te 192 2 Afirmar vossa liberdade varonil -- Jovens, que julgais não poder comer a comida simples e nutritiva que se fornece no Instituto de Saúde, e que deveis ir ao restaurante e arranjar alguma coisa que satisfaça ao apetite, é tempo de despertardes, e afirmar vossa liberdade varonil. -- Manuscrito 3, 1888. Te 192 3 Não vos metais em tentação -- Permitireis que ocupação terrestre, temporal, vos leve à tentação? Duvidareis de vosso Senhor, que vos ama? Negligenciareis a obra que vos foi dada, de fazer serviço para Deus? Associais-vos com pessoas de classe terrena, sensual, diabólica. Tendes respirado pestilência moral, e estais em sério risco de fracassar onde poderíeis vencer, se vos colocásseis na devida relação para com Jesus, tornando Sua vida e Seu caráter o vosso critério. Agora, para escapar à corrupção que, pela concupiscência, está no mundo, importa que sejais participante da natureza divina. Cumpre-vos o dever de guardar vossa alma na atmosfera do Céu. Te 192 4 Não vos deveis colocar em posição de ser corrompidos por companheiros dissolutos. Como alguém que ama a vossa alma, rogo-vos que vos esquiveis o quanto possível à companhia dos libertinos, dos licenciosos e dos ímpios. Orai: "Não nos deixes cair em tentação", isto é, "Não permitas, ó Senhor, que sejamos vencidos quando assaltados pela tentação." Vigiai e orai para que não entreis em tentação. Há uma diferença entre ser tentado, e entrar em tentação. -- Carta 8, 1893. Te 193 1 Jesus sociável e temperante -- Jesus reprovou a intemperança, a satisfação do próprio eu e a leviandade; todavia Ele era sociável por natureza. Aceitava convites para jantar com os cultos e nobres, da mesma maneira que com os pobres e aflitos. Nessas ocasiões, Sua conversação era de molde a elevar, instruir, mantendo os ouvintes maravilhados. Não dava nenhuma permissão a cenas de dissipação e orgia, todavia a felicidade pura Lhe era aprazível. Um casamento judaico era uma ocasião solene e impressiva, cujo prazer e alegria não desagradavam ao Filho do homem. -- Redemption; or the Miracles of Jesus, 13, 14. Te 193 2 Dirigir, mas não reprimir -- A Palavra de Deus não condena ou reprime a atividade do homem, mas busca imprimir-lhe a justa direção. Enquanto o mundo enche a mente e a alma de excitação, o Senhor vos põe nas mãos a Bíblia para que estudeis, aprecieis, e escuteis como a um guia para vossos passos. A Palavra é a vossa luz. -- Carta 8, 1893. ------------------------Capítulo 46 -- Educação na temperança Te 194 1 O que podemos fazer -- Que se pode fazer para deter a avolumante onda do mal? Façam-se e imponham-se rigorosamente leis, proibindo a venda e o uso de bebidas alcoólicas. Façam-se todos os esforços para estimular os ébrios a voltarem à temperança e à virtude. Mais do que isto, porém, é necessário para banir de nossa terra a maldição da embriaguez. Extinga-se a sede de bebidas intoxicantes, e está então findo o seu uso e comércio. -- Obreiros Evangélicos, 388. Te 194 2 A farta colheita dos esforços educativos -- Homens de carreiras e posições diversas na vida têm sido derrotados pelas poluições do mundo mediante o uso da bebida forte, pela condescendência com as concupiscências carnais, e caído em face da tentação. Enquanto esses caídos nos despertam a piedade e reclamam nosso auxílio, não deveria alguma atenção também ser dada aos que ainda não desceram a essas profundezas, mas que estão trilhando a mesma senda? -- Testimonies for the Church 6:256. Te 194 3 Caso a metade dos esforços desenvolvidos para deter esse gigantesco mal fosse dirigida no sentido de esclarecer os pais quanto a sua responsabilidade no formar os hábitos e o caráter de seus filhos, mil vezes mais benefício poderia resultar do que da orientação atual, no combate apenas ao mal em pleno desenvolvimento. A sede fora do natural de bebidas alcoólicas, forma-se no lar, em muitos casos à própria mesa dos que mais zelosos são no liderar as campanhas de temperança. Desejamos prosperidade a todos os obreiros na boa causa; convidamo-los, porém, a atentarem mais profundamente para as causas do mal contra o qual pelejam, e a trabalharem mais cabal e coerentemente na obra de reforma. -- The Signs of the Times, 17 de Novembro de 1890. Te 195 1 Que ensinar -- Deve ser mantido perante o povo que o justo equilíbrio das faculdades mentais e morais depende em alto grau da devida condição do sistema fisiológico. Todos os narcóticos e estimulantes não naturais que enfraquecem e degradam a natureza física, tendem a abaixar o tono do intelecto e da moral. ... Te 195 2 Os reformadores pró-temperança têm uma obra a fazer em educar o povo nesse sentido. Ensinai-lhes que a saúde, o caráter, e a própria vida, são postos em perigo pelo uso de estimulantes que excitam as exaustas energias a uma ação antinatural, espasmódica. -- A Ciência do Bom Viver, 335. Te 195 3 Sede valorosos e vencei -- A vida física deve ser cuidadosamente educada, cultivada e desenvolvida, para que por meio de homens e mulheres, a natureza divina se revele em sua plenitude. Deus espera que os homens usem o intelecto que lhes deu. Ele espera que empreguem toda faculdade de raciocínio para Ele. Devem dar à consciência o lugar de supremacia que lhe foi designado. As faculdades mentais e físicas, juntamente com as afeições, devem ser cultivadas a fim de atingirem à mais elevada eficiência. ... Te 195 4 Agrada-Se o Senhor de ver qualquer dos órgãos e faculdades por Ele doados ao homem, negligenciados, mal empregados ou privados da saúde e da eficiência que lhes é possível adquirir pelo exercício? Cultivai então o dom da fé. Sede valorosos e vencei toda prática que mancha o templo da alma. Somos inteiramente dependentes de Deus, e nossa fé é fortalecida por crer ainda, mesmo quando não podemos ver-Lhe os desígnios em Seu trato conosco, ou as conseqüências desse trato. A fé aponta para a frente e para cima, às coisas por vir, lançando mão do único poder que nos pode fazer completos nEle. "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo", declara Deus, "sim, que faça paz comigo." -- Manuscrito 130, 1899. Te 196 1 Nenhum assunto de maior interesse -- Deus tem enviado Sua mensagem de advertência para despertar homens e mulheres para seus riscos e perigo. Milhares, milhões mesmo, no entanto, estão menosprezando a palavra que lhes indica esse perigo. Comem alimentos ruinosos para a saúde. Recusam-se a ver que comendo alimento impróprio e bebendo o que é intoxicante, estão-se acorrentando em escravidão. Transgridem as leis da vida e da saúde, até que o apetite os agrilhoa. ... Te 196 2 Assunto algum apresentado aos habitantes de nossas cidades devia atrair tão amplo interesse como aquele que diz respeito à saúde física. A verdadeira temperança requer total abstinência de bebida forte. Reclama também reforma nos hábitos dietéticos, no vestir, no dormir. Os que condescendem com o apetite não se agradam de ouvir que lhes pertence decidir se hão de ser inválidos. Precisam despertar e raciocinar da causa para efeito. Necessitam compreender que são produtores de doenças em virtude de sua ignorância acerca do assunto da alimentação, do beber e do vestir convenientemente. -- Manuscrito 155, 1899. Te 196 3 O segredo de uma obra permanente -- Temos visto que as vitórias obtidas pela "Cruzada da Temperança" não são muitas vezes permanentes. Nos lugares em que maior foi a excitação e ao que parecia, realizado o máximo em fechar os bares e recuperar ébrios, após alguns meses a intemperança campeava em maior extensão que antes de haver sido feito o esforço de suprimir a bebida alcoólica. Te 196 4 Evidente é a razão disto. A obra não é profunda e cabal. O machado não é posto à raiz da árvore. As raízes da intemperança jazem mais fundo que o mero beber alcoólicos. Para tornar o movimento de temperança um sucesso, essa obra deve começar em nossas mesas. -- The Signs of the Times, 6 de Janeiro de 1876. Te 197 1 Apresentada com vigor e clareza -- O assunto da temperança deve ser vigorosa e claramente apresentado. Fazei com que o povo veja que bênção será para eles a observância dos princípios da saúde. Fazei-os ver o que Deus designava que se tornassem homens e mulheres. Chamai a atenção para o grande sacrifício feito para o erguimento e enobrecimento da raça humana. Com a Bíblia na mão, apresentai-lhes as reivindicações de Deus. Dizei aos ouvintes que Ele espera que empreguem as faculdades da mente e do corpo de modo a honrá-Lo. Mostrai-lhes como o inimigo está buscando arrastar para baixo criaturas humanas mediante o levá-las a condescender com o apetite pervertido. Te 197 2 Dizei-lhes clara, positiva e encarecidamente como milhares de homens e mulheres estão usando o dinheiro de Deus para se corromperem e tornarem este mundo um inferno. Milhões de dólares são gastos naquilo que enlouquece os homens. Apresentai este assunto com tanta clareza, que não lhe possam deixar de ver a importância. Falai então a vossos ouvintes acerca do Salvador, que veio a este mundo a fim de resgatar homens e mulheres de toda prática pecaminosa. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Te 197 3 Pedi aos que freqüentam as reuniões que vos ajudem na obra que estais procurando realizar. Mostrai-lhes como os maus hábitos resultam em corpos e mentes enfermos -- em desdita que pena alguma pode descrever. O uso de bebidas alcoólicas está privando milhares de criaturas da razão. E todavia legaliza-se a venda dessas bebidas! Dizei-lhes que eles têm um Céu a ganhar e um inferno a evitar. Pedi-lhes que assinem o compromisso. A comissão do grande EU SOU será vossa autoridade. Tende preparados os compromissos, e apresentai-os ao fim da reunião. -- Evangelismo, 530. ------------------------Capítulo 47 -- Assinar o compromisso Te 197 4 Todo Adventista do Sétimo Dia deve assinar -- Segundo a luz que me foi dada pelo Senhor, todo membro entre nós deve assinar o compromisso e ligar-se à associação de temperança. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1884. Te 198 1 Assinai e estimulai outros a assinar Eis uma obra que se abre diante do jovem, do de meia-idade e do idoso. Ao servos apresentado o compromisso de temperança, assinai-o. Mais ainda, resolvei pôr todas as vossas forças no combate ao mal da intemperança, e estimulai outros que estão procurando realizar uma obra de reforma no mundo. -- The Review and Herald, 14 de Janeiro de 1909. Te 198 2 Todo jovem assinar todo compromisso apresentado -- A intemperança, a profanidade e a licenciosidade são irmãs. Todo jovem temente a Deus tome a armadura e avance para a frente. Ponde vosso nome em todo compromisso de temperança apresentado. Emprestais assim vossa influência em favor de assinar o compromisso, e induzis outros a assiná-lo. Não permitais que qualquer fraca desculpa vos detenha em dar esse passo. Trabalhai em benefício de vossa própria alma e pelo bem dos outros. -- The Youth's Instructor, 16 de Julho de 1903. Te 198 3 Os bêbados assinarem -- Os obreiros da temperança procuram induzir os ébrios a assinar o compromisso de que daí em diante não beberão mais bebidas intoxicantes. Isto é bom. -- Manuscrito 102, 1904. Te 198 4 Os filhos do ébrio assinarem. Um apelo -- Não permitais que uma gota de vinho ou bebida alcoólica passe os vossos lábios, pois no uso dessas bebidas está loucura e miséria. Comprometei-vos a inteira abstinência, pois isso é vossa única segurança. ... Nenhum filho, por palavra ou exemplo, torne-se instrumento de Satanás para tentar um dos membros da família a condescender e despertar o demônio do apetite que arruinou a vida de seu pai, conduzindo-o prematuramente à sepultura. -- Manuscrito 25, 1893. Te 198 5 Os de alta posição assinarem -- Devemos apresentar aos de alta posição o compromisso de abstinência total, pedindo-lhes que dêem o dinheiro, que do contrário gastariam para as nocivas satisfações da bebida e do fumo, ao estabelecimento de instituições onde as crianças e os jovens sejam preparados para ocupar posições de utilidade no mundo. -- Testimonies for the Church 7:58. Te 199 1 Assinarem em nossas reuniões campais -- Em nossas reuniões campais devemos chamar a atenção para esta obra e torná-la assunto palpitante. Devemos apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança e pedir que assinem o compromisso de temperança. -- Testimonies for the Church 6:110. Te 199 2 Não apresenteis desculpas -- Não apresenteis desculpas ao serdes convidados a pôr vosso nome no compromisso, mas assinai todo compromisso apresentado, e induzi outros a assiná-los convosco. Trabalhai em benefício de vossa própria alma, e da dos outros. Nunca deixeis passar uma oportunidade de pôr vossa influência ao lado da estrita temperança. -- Conselhos Sobre Saúde, 441. Te 199 3 Não assinar deixa a porta aberta -- Depois do discurso no domingo à noite, foi passado ao auditório o compromisso, e cento e trinta e sete assinaturas foram postas. Sentimos ouvir que alguns poucos nomes se retraíram por motivo que consideramos não justificar um verdadeiro filho de Deus. Sua desculpa era que a obra que faziam os levava a lugares em que lhes seria oferecido vinho (como é costume neste país), e eles não podiam recusar, por temor de ofender aqueles por quem trabalhavam. Pensei que havia aí mui boa oportunidade para exaltarem a cruz, e fazerem a luz brilhar como povo peculiar de Deus, a quem Ele está purificando para Si. ... Te 199 4 Em todos os tempos e ocasiões é necessário força moral para resistir à tentação no ponto do apetite. Podemos esperar que tal maneira de agir seja uma surpresa para aqueles que não praticam hábitos de abstinência total de todos os estimulantes; mas como havemos nós de levar avante a obra de reforma se nos conformarmos aos hábitos e práticas daqueles com quem nos associamos? Nisto mesmo está a oportunidade de manifestar que somos um povo peculiar, zeloso de boas obras. Te 200 1 Os bebedores de cerveja apresentarão seus copos dessa bebida, e os que professam ser filhos de Deus talvez dêem a mesma desculpa quanto a não assinarem o compromisso de temperança -- porque ser-lhes-á oferecido cerveja e não lhes será agradável recusar. Essas escusas podem ser levadas longe, mas não têm peso; e nos entristecemos por ver que os que professavam crer na verdade se recusassem a assinar o compromisso -- recusassem pôr barreiras em torno de sua alma e se fortalecerem contra a tentação. Preferiram deixar a porta aberta, de modo que possam com facilidade dar um passo adiante, e aceitar a tentação sem fazer o esforço de resistir-lhe. ... Te 200 2 Não têm coragem de dizer: "assinei o compromisso de temperança" -- Nem todos que alegam crer na verdade assumiram a atitude que têm o sagrado dever de tomar quanto à temperança. Há pessoas que ficaram afastadas do decidido compromisso ao lado da temperança, e por que razão? Dizem alguns que se lhes for oferecido vinho ou cerveja, não têm a coragem moral de dizer: Assinei o compromisso de não provar vinho fermentado ou cerveja ou bebida forte. Hão de os nomes dessas pessoas ser registrados nos livros do Céu como defendendo a condescendência com o apetite? -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1887. Te 200 3 Importância de homens preeminentes assinarem o compromisso -- Sonhei que havia grande grupo reunido ao ar livre, e um jovem alto que tenho muitas vezes visto em sonhos quando se acham em consideração importantes assuntos, estava sentado perto do presidente da reunião. Esse jovem ergueu-se e passou ao homem que parecia estar à testa do grupo um papel, dizendo: "Aqui está um papel em que desejo que ponhais os vossos nomes, cada um de vós." Apresentou-o primeiro ao irmão A. Ele olhou-o e leu em voz alta: "Comprometeis-vos aqui a abster-vos de todos os vinhos fermentados e bebidas espirituosas de qualquer espécie, e a usar vossa influência para induzir todos os que vos seja possível a seguir vosso exemplo." Te 201 1 Pareceu-me que o irmão A abanou a cabeça, dizendo que não era necessário que ele pusesse seu nome no papel. Ele compreendia seu dever e havia de defender a causa da temperança da mesma maneira, mas não se sentia atraído a comprometer-se, pois havia exceções em todas essas coisas. Te 201 2 Ele passou o mesmo papel ao irmão B, que o tomou, olhou-o cuidadosamente, e disse: "Tenho a mesma opinião do irmão A. Sinto às vezes a necessidade de alguma coisa que me estimule quando estou fraco e nervoso, e não me quero comprometer a que sob circunstância alguma eu não use vinho ou bebidas alcoólicas." Te 201 3 Houve em sua fisionomia uma expressão triste, magoada. Passou a outros. Houve uns vinte ou trinta que seguiram o exemplo dos irmãos A e B. Ele voltou então aos dois primeiros e passou-lhes o papel, dizendo de maneira firme, decidida, se bem que em tom baixo: "Vós, ambos vós, achais-vos em maior perigo de ser vencidos no ponto do apetite. A obra da reforma deve começar em vossa mesa, e ser depois levada avante conscienciosamente em todo lugar, sob toda e qualquer circunstância. Vosso destino eterno depende da decisão que agora tomardes. Vós ambos tendes fortes pontos de caráter, e sois fracos em certos respeitos. Vede o que fez vossa influência." Vi os nomes de todos os que se haviam recusado a assinar, escritos nas costas do compromisso. ... Te 201 4 Ele de novo apresentou o papel, e com autoridade, disse: "Assinai este papel ou resignai vossos cargos. Não somente assinai, mas por vossa honra, cumpri vossas decisões. Sede fiéis a vossos princípios. Venho a vós como mensageiro de Deus, e reclamo vossos nomes. Nenhum de vós tem visto a necessidade da reforma de saúde, mas quando as pragas de Deus estiverem ao vosso redor, então vereis os princípios da reforma de saúde e a estrita temperança em tudo -- essa temperança unicamente é o fundamento de todas as graças que vêm de Deus, de todas as vitórias a serem ganhas. Recusai assinar isto, e nunca mais tereis outra solicitação. Vós ambos necessitais de que vosso espírito se humilhe, abrande, e permita que a misericórdia, a terna compaixão, a respeitosa ternura tome o lugar da grosseria, aspereza, da vontade decidida e determinada para executar vossas idéias a todo custo. ..." Te 202 1 Vi que, com mãos trêmulas, os nomes foram dados e todos os trinta assinaram. Te 202 2 Foi então feito um dos mais solenes discursos sobre a temperança. O assunto suscitado pela mesa. "Aqui", disse o orador, "é criado o apetite por amor da bebida forte. O apetite e a paixão são os pecados dominantes do século. O apetite, na maneira por que é satisfeito, influencia o estômago e excita as propensões animais." ... Te 202 3 O estômago adoece, o apetite então torna-se mórbido e apetece continuamente algo que estimule, alguma coisa que "acerte no alvo!" Alguns adquirem o desagradável hábito do café e do chá, e vão ainda mais longe usando o fumo, que entorpece os delicados tecidos do estômago e os leva a ansiar por alguma coisa mais forte que o fumo. Vão mais longe ainda, ao uso da bebida alcoólica. -- Manuscrito 2, 1874. Te 202 4 Incidente em assinar o compromisso -- Segunda de manhã, a 2 de Junho de 1879, enquanto assistíamos a uma reunião campal realizada em Nevada, Missouri, reunimo-nos na tenda para cuidar da organização de uma sociedade de temperança. Havia boa representação de nosso povo ali. Falou o Pastor Butler, e confessou que não havia sido tão ousado na reforma pró-temperança como devia haver sido. Declarou que fora sempre um homem estritamente temperante, rejeitando o uso da bebida alcoólica, do chá e do café, mas que não assinara o compromisso que estava sendo passado entre nosso povo. Estava, porém, convencido agora de que, deixando de fazê-lo, estava prejudicando outros que deviam assiná-lo. Pôs então seu nome sob o do coronel Hunter; meu marido assinou abaixo do irmão Butler, eu escrevi o meu a seguir, vindo após o irmão Farnsworth. A obra foi assim bem iniciada. Te 203 1 Meu marido continuou a falar enquanto o compromisso ia passando. Alguns hesitavam, achando que o plano era demasiado amplo incluindo chá e café; finalmente, porém, davam seu nome, comprometendo-se a total abstinência. Te 203 2 O irmão Hunter que foi então convidado para falar, e atendeu, dando um muito impressivo testemunho quanto à maneira por que a verdade chegara a ele, e o que por ele fizera. Declarou que tomara bebidas alcoólicas suficientes para fazer flutuar um navio, e que agora queria aceitar a verdade inteira, reforma e tudo. Abandonara os alcoólicos e o fumo, e tomara nessa manhã sua última xícara de café. Acreditava que os testemunhos eram de Deus, e queria ser conduzido pela vontade divina aí expressa. Te 203 3 Em resultado da reunião, cento e trinta e dois nomes foram assinados no compromisso de abstinência total, e foi obtida decidida vitória em favor da temperança. -- Manuscrito 79, 1907. Te 203 4 Trabalhar por toda parte -- Dai preeminência à reforma pró-temperança, e solicitai assinantes para o compromisso de temperança. Em toda parte, chamai a atenção para essa obra, e tornai-a assunto palpitante. -- Manuscrito 52, 1900. ------------------------Capítulo 48 -- Afastar a tentação Te 203 5 A mancha escura permanece -- Não obstante milhares de anos de experiência e progresso, a mesma mancha escura que maculou as primeiras páginas da história permanece para desfigurar nossa civilização moderna. A embriaguez, com todas as suas misérias, encontra-se em toda parte aonde vamos. A despeito dos nobres esforços dos obreiros da temperança, o mal tem conquistado terreno. Têm sido promulgadas leis regulamentadoras, mas estas não lhe têm detido o progresso, a não ser em territórios relativamente limitados. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 29. Te 203 6 Fruto das leis regulamentadoras -- Por mesquinha soma, são licenciados homens para vender a seus semelhantes a poção que os privará de tudo que torna a vida desejável, e de toda esperança da vida por vir. Nem o legislador nem o vendedor de bebidas alcoólicas ignora o resultado de sua obra. No bar do hotel, nas festas de cerveja, nos salões, o escravo do apetite despende seus recursos por aquilo que destrói a razão, a saúde e a felicidade. O vendedor de bebidas alcoólicas enche sua gaveta com o dinheiro que devia proporcionar alimento e vestuário à família do pobre ébrio. Te 204 1 Esta é a pior espécie de roubo. Todavia homens de elevada posição na sociedade e na igreja emprestam sua influência em favor das leis de autorização! E por quê? Por que podem obter mais altos aluguéis para seus prédios, alugando-os aos comerciantes de bebidas alcoólicas? Por que convém assegurar o apoio político dos lucros de bebidas espirituosas que eles obtêm? Por que esses professos cristãos, secretamente, estão condescendendo com o veneno sedutor? Certamente um nobre e abnegado amor pela humanidade não autorizaria os homens a incentivar seus semelhantes para a destruição. Te 204 2 As leis para permitirem a venda de bebidas alcoólicas têm enchido nossas vilas e cidades, sim, mesmo nossos povoados, com laços e armadilhas para o pobre e fraco escravo do apetite. Os que se buscam reformar são diariamente rodeados de tentações. A terrível sede do ébrio clama por satisfação. Acham-se a cada lado as fontes de destruição. Ai! quantas vezes é vencida sua força moral! quantas vezes são silenciadas suas convicções! Ele bebe e cai. Seguem-se então noites de libertinagem, dias de torpor, imbecilidade e ruína. Assim, passo a passo, avança a obra, até que o homem que era uma vez um bom cidadão, bom marido e pai, parece haver-se transformado em um demônio. Te 204 3 Imaginemos que esses funcionários que no princípio [do ano] concederam a permissão aos vendedores de bebidas espirituosas, pudessem [ao fim do ano] contemplar um quadro fiel dos resultados do tráfico levado avante sob aquela permissão. Acha-se exposto diante deles em seus assustadores e terríveis detalhes, e eles sabem que tudo aquilo é a verdade. Há pais, mães e crianças caindo sob a mão do homicida; há as desgraçadas vítimas do frio e da fome e de doenças vis e aborrecíveis, criminosos enclausurados em prisões sombrias, vítimas de insânia, torturados por visões de demônios e monstros. Há encanecidos pais pranteando filhos outrora nobres e promissores, e belas filhas precocemente baixadas à sepultura. ... Te 205 1 Dia a dia os gritos de agonia arrancados dos lábios da esposa e dos filhos do beberrão ascendem ao Céu. E tudo isso para que o vendedor de bebidas intoxicantes possa aumentar o seu ganho! E sua obra infernal é executada sob o amplo selo da lei! Assim é corrompida a sociedade, casas de correção e prisões acham-se apinhadas de indigentes e criminosos, e os patíbulos são providos de vítimas. O mal não termina com o ébrio e sua infeliz família. O peso da tributação é aumentado, posta em perigo a moral do jovem, a propriedade e mesmo a vida de todo membro da sociedade exposta a risco. Por mais vividamente, porém, que seja apresentado o quadro, fica ainda aquém da realidade. Nenhuma pena ou lápis humano pode delinear plenamente os horrores da intemperança. Te 205 2 Fosse o único mal acarretado pela venda de bebidas espirituosas a crueldade e a negligência manifestadas por pais intemperantes para com seus filhos, e isto só já seria suficiente para condenar e destruir o comércio. O ébrio não só torna miserável a vida de seus filhos, mas por seu pecaminoso exemplo ele os leva à senda do crime. Como podem homens e mulheres cristãos tolerar um mal assim? Se nações bárbaras roubassem nossos filhos e os maltratassem como pais intemperantes maltratam sua prole, toda a cristandade erguer-se-ia para acabar com o ultraje. Em um país professamente governado por princípios cristãos, porém, o sofrimento e o pecado ligados à sorte de inocentes e indefesas crianças pela venda e uso de bebidas intoxicantes são considerados um mal necessário! -- The Review and Herald, 8 de Novembro de 1881. Te 206 3 Sob a proteção da lei -- As licenças para o comércio de bebidas são advogadas por muitos como tendentes a restringir o mal da bebida. O licenciá-lo, porém, coloca-o sob a proteção da lei. O governo sanciona-lhe a existência, fomentando assim o mal que professa restringir. Sob a proteção das leis de licença, as cervejarias, destilarias e fábricas de vinho são estabelecidas por toda a terra, e o negociante de bebidas traz sua obra para junto de nossa porta. Te 206 1 Muitas vezes é proibido vender intoxicantes a uma pessoa ébria, ou reconhecida como bêbada inveterada; mas a obra de tornar ébrios os jovens, prossegue decididamente. A própria existência do comércio depende de criar na mocidade o gosto pela bebida. A juventude vai sendo levada avante, passo a passo, até que o hábito de beber se acha estabelecido, e desperta-se uma sede que tem de ser satisfeita a todo custo. Menor mal seria conceder álcool ao bêbado inveterado, cuja ruína, na maioria dos casos, já está determinada, do que permitir que a flor de nossa mocidade seja seduzida para a destruição por esse terrível hábito. Te 206 2 Mediante a licença concedida ao tráfico de bebidas, mantém-se a tentação constantemente diante dos que se estão esforçando por regenerar-se. Têm-se estabelecido instituições onde as vítimas da intemperança podem ser auxiliadas a vencer o apetite. É uma nobre tarefa; mas enquanto a venda de bebidas for sancionada por lei, pouco benefício recebem os intemperantes das casas de saúde para toxicômanos. Eles não podem aí ficar para sempre. Devem retomar seu lugar na sociedade. A sede de bebidas intoxicantes, embora subjugada, não foi inteiramente destruída; e quando a tentação os assalta, como acontece de todos os lados, também eles caem como fácil presa. Te 206 3 O homem que tem um animal bravo, e que, conhecendo-lhe a disposição, permite-lhe liberdade, é, pelas leis da Terra, reputado responsável pelo dano que o animal possa causar. Nas leis dadas a Israel o Senhor ordenou que, quando um animal conhecido como bravo causasse a morte de uma criatura humana, a vida do dono pagasse o preço de seu descuido ou malignidade. Segundo esse princípio o governo que licencia o vendedor de bebidas alcoólicas deve ser considerado responsável pelos resultados de seu tráfico. E se é um crime digno de morte deixar em liberdade um animal bravo, quão maior é o crime de sancionar a obra do vendedor de bebidas! Te 207 1 As licenças são concedidas sob a alegação de que trazem uma renda ao tesouro público. Mas que é esse lucro quando comparado com a enorme despesa que acarretam os criminosos, os loucos, os indigentes que são o fruto do comércio alcoólico! Sob a influência da bebida, um homem comete um crime; é levado ao tribunal; e os que legalizam o tráfico são forçados a lidar com os resultados de sua própria obra. Autorizaram a venda da bebida que havia de transformar um homem são num louco; e agora lhes é necessário mandar o homem para a prisão ou para a forca, enquanto muitas vezes sua esposa e filhos são deixados ao desamparo, para se tornarem uma carga à coletividade em que vivem. Te 207 2 Considerando apenas o aspecto financeiro da questão, que loucura é tolerar tal comércio! Que renda pode compensar a perda da razão humana, o apagamento e a desfiguração da imagem de Deus no homem, a ruína de crianças reduzidas à indigência e à degradação, para perpetuarem nos filhos as más tendências de seus pais alcoólatras? -- A Ciência do Bom Viver, 342-344. Te 207 3 O que a proibição pode realizar -- O homem que formou o hábito de usar intoxicantes, encontra-se em situação desesperada. Tem o cérebro enfermo, enfraquecido o poder da vontade. No que respeita a qualquer poder de sua parte, é incontrolável o apetite da bebida para ele. Não se pode raciocinar com ele nem persuadi-lo à renúncia. Arrastada aos antros de vício, a pessoa que resolvera abandonar a bebida é novamente levada a empunhar a taça, e com o primeiro trago do intoxicante é vencida toda boa resolução, destruído qualquer vestígio de vontade. ... Legalizando o tráfico, a lei empresta sua sanção a essa queda da alma, e recusa-se a deter o comércio que enche o mundo de males. Te 208 1 Deve isto continuar sempre? Hão de almas lutar sempre pela vitória tendo diante de si aberta a porta da tentação? Deverá a maldição da intemperança ficar para sempre como uma praga sobre o mundo civilizado? Deverá continuar a devastar, todos os anos, qual incêndio consumidor, a milhares de lares felizes? Quando um navio naufraga à vista da praia, o povo não fica em ociosa contemplação. Arriscam a vida no esforço de salvar homens e mulheres de encontrar a sepultura no mar. Quanto mais necessário não é o esforço para salvá-los da sorte de um alcoólatra! Te 208 2 Não são somente o ébrio e sua família os que se acham em perigo pela obra do mercador de bebidas, nem o peso do imposto o maior mal trazido por seu comércio à coletividade. Achamo-nos entretecidos na teia humana. O mal que sobrevém a qualquer parte da grande fraternidade humana, põe a todos em perigo. Te 208 3 Muitos homens que mediante o amor do lucro ou da comodidade, nada quereriam ter com a restrição do comércio das bebidas, verificaram, demasiado tarde, que esse comércio tinha que ver com eles. Viram seus próprios filhos embrutecidos e arruinados. A anarquia anda a rédeas soltas. Corre risco a propriedade. A vida não está em segurança. Multiplicam-se os acidentes por terra e mar. Moléstias que medram nos antros da imundície e da miséria abrem caminho até aos lares senhoriais e luxuosos. Os vícios fomentados pelos filhos da depravação e do crime, infetam filhos e filhas de casas distintas e cultas. Te 208 4 Não existe ninguém a quem o tráfico das bebidas não ponha em risco. Não há homem que não deva, para sua própria segurança, pôr mãos à obra de o destruir. -- A Ciência do Bom Viver, 344, 345. Te 208 5 Não poderá nunca haver um justo estado na sociedade enquanto esses males existirem. E nenhuma reforma verdadeira será efetuada enquanto a lei não fechar os bares, não somente aos domingos, mas em todos os dias da semana. O fechamento desses botequins promoveria ordem pública e felicidade doméstica. -- The Signs of the Times, 11 de Fevereiro de 1886. Te 209 1 A honra de Deus, a estabilidade da nação, o bem-estar da coletividade, do lar e do indivíduo, exigem que se faça todo esforço por despertar o povo quanto ao mal da intemperança. Em breve havemos de ver, como agora não vemos, o resultado desse terrível mal. Quem exercerá decidido esforço para deter a obra de destruição? Até aqui o conflito mal foi começado. Forme-se um exército para fazer cessar a venda das bebidas que encerram drogas capazes de enlouquecer os homens. Torne-se patente o perigo do comércio de bebidas, e crie-se um sentimento público de molde a exigir sua proibição. Dê-se aos homens enlouquecidos pelo álcool oportunidade de escaparem a seu cativeiro. Exija a voz da nação de seus legisladores que se ponha um termo a esse tráfico infame. -- A Ciência do Bom Viver, 346. ------------------------Capítulo 49 -- Diversão e substitutos inocentes Te 209 2 Influência da ociosidade, falta de objetivo, más companhias -- A fim de atingirmos à raiz da intemperança, devemos ir mais fundo do que o uso do álcool e do fumo. A preguiça, a falta de um objetivo ou as más companhias, podem ser a causa predisponente. -- Educação, 202. Te 209 3 A influência de um lar atrativo -- Tornai vosso lar o mais atrativo que vos for possível. Afastai as cortinas e deixai entrar o médico celeste que é a luz solar. Necessitais em vosso lar de paz e quietação. Quereis que vossos filhos tenham um belo caráter. Tornai o lar tão atrativo que eles não queiram ir para o bar. -- Manuscrito 27, 1893. Te 209 4 O poder cativador de um lar atrativo -- Quantos pais lamentam não poder conservar os filhos em casa, não terem eles amor pelo lar! Já muito cedo eles experimentam o desejo da companhia dos estranhos; e assim que têm idade suficiente, rompem com o que se lhes afigura servidão e restrições irrazoáveis, e nem darão ouvidos às orações de sua mãe, nem aos conselhos do pai. Uma investigação revelaria em geral que o pecado jaz à porta dos pais. Não tornaram o lar aquilo que deveria ser -- atrativo, agradável, radiante com o fulgor de palavras bondosas, olhares de simpatia e verdadeiro amor. Te 210 1 O segredo de salvar vossos filhos está em fazerdes vosso lar aprazível e atrativo. A condescendência da parte dos pais não ligará os filhos a Deus nem ao lar; uma influência firme e piedosa no educar devidamente o espírito, porém, salvaria da ruína muitos filhos. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Te 210 2 Seja o lar um lugar onde existam a alegria, a cortesia e o amor. ... Se a vida no lar for aquela que deve ser, os hábitos aí formados serão uma forte defesa contra os assaltos da tentação quando o jovem deixar a proteção do lar para enfrentar o mundo. -- Conselhos Sobre Saúde, 100. Te 210 3 Lares campestres e trabalho útil -- Uma das mais seguras salvaguardas para a juventude, é a ocupação útil. Houvessem eles sido exercitados em hábitos de laboriosidade, de modo que todas as suas horas fossem utilmente empregadas, e não teriam tempo para se queixar de sua sorte ou ficar fazendo castelos no ar. Estariam em menor perigo de formar hábitos viciosos e de ter más companhias. Ensine-se à juventude desde a infância que não há excelência sem grande trabalho. ... Te 210 4 Todo jovem deve fazer o máximo com seus talentos, mediante o melhor aproveitamento de suas oportunidades. Aquele que assim fizer, poderá atingir quase a qualquer altura em consecuções morais e intelectuais. Ele deve, porém, possuir espírito valoroso e resoluto. Necessitará fechar os ouvidos à voz do prazer; precisa muitas vezes recusar às solicitações dos jovens companheiros. Tem de estar continuamente em guarda, para que não se desvie de seu propósito. Te 210 5 Muitos pais se mudam de sua morada no campo para a cidade, considerando-a mais desejável localização, ou mais proveitosa. Com essa mudança, no entanto, expõem seus filhos a muitas e grandes tentações. Os rapazes não têm emprego, e obtêm uma educação de rua, vão de um passo a outro na depravação, e perdem todo interesse em tudo quanto é bom, puro e santo. Quão melhor haveria sido os pais ficarem com sua família no campo, onde as influências são mais favoráveis para o vigor físico e mental!... Te 211 1 Pela negligência dos pais, a juventude em nossas cidades está corrompendo seus caminhos e poluindo a alma diante de Deus. Isto será sempre o fruto da ociosidade. Os asilos de pobres, as prisões e as forcas contam a dolorosa história dos negligenciados deveres dos pais. -- The Review and Herald, 13 de Setembro de 1881. Te 211 2 Substituir por prazeres inocentes os divertimentos pecaminosos -- A juventude não se pode tornar tão séria e quieta como a idade mais avançada, a criança, como um sóbrio senhor. Se bem que as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, providenciem os pais, os professores e tutores da juventude, em lugar delas, prazeres inocentes, que não manchem nem corrompam a moral. Não ligueis os jovens a rígidas regras e restrições que os levem a sentir-se oprimidos e a perderem o controle, precipitando-se em caminhos de loucura e destruição. Com mão firme, bondosa e considerada, segurai as rédeas do governo, guiando e controlando-lhes o espírito e os desígnios, todavia tão branda, tão sábia e amorosamente, que eles reconheçam ainda que tendes em vista o que lhes é melhor. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. Te 211 3 Providenciar feriados interessantes -- Temos buscado zelosamente tornar os feriados o quanto possível interessantes para jovens e crianças. ... Nosso objetivo tem sido conservá-los afastados de cenas de diversões entre incrédulos. Te 211 4 Tenho pensado que, enquanto restringimos nossas crianças dos prazeres mundanos, que têm a tendência de corromper e desencaminhar, devemos prover-lhes recreações inocentes, conduzi-los por trilhos aprazíveis em que não haja perigo. Nenhum filho de Deus precisa ter uma vida triste e lamentosa. Os mandamentos divinos, as divinas promessas mostram que é assim. Os caminhos da sabedoria "são caminhos de delícias, e todas as suas veredas paz". Os prazeres mundanos são absorventes, e por seu momentâneo gozo sacrificam muitos a amizade do Céu, com a paz, o amor e a alegria que ela proporciona. Esses preferidos objetos de deleite em breve se tornam enfadonhos, não mais satisfazem. Te 212 1 As atrações da vida cristã -- Precisamos fazer tudo ao nosso alcance para ganhar almas mediante as atrações da vida cristã. Nosso Deus é amante do belo. Ele poderia haver revestido a Terra de marrom e cinza, e as árvores com roupagem de luto em vez de sua folhagem de vivo verdor; Ele, porém, queria Seus filhos felizes. Toda folha, todo botão a entreabrir-se e toda flor que desabrocha, é um sinal de Seu terno amor; e nós devemos almejar apresentar aos outros o maravilhoso amor por Ele expresso nas obras que criou. Te 212 2 Deus desejaria que toda família e toda igreja exercesse um poder atrativo que afastasse seus filhos dos sedutores prazeres do mundo, e do convívio com aqueles cuja influência tenderia a corromper. Estudai a maneira de conquistar os jovens para Jesus. Impressionai-lhes a mente com a misericórdia e a bondade de Deus em permitir-lhes, a eles, pecadores como sejam, fruírem as vantagens, a glória e a honra de serem filhos e filhas do Altíssimo. Que estupendo pensamento, que condescendência inominável, que pasmoso amor, serem homens finitos aliados ao Onipotente! "Deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." Te 212 3 "Amados, agora somos filhos de Deus." Pode acaso qualquer honra mundana ser igual a isto? Te 212 4 Representemos a vida cristã como ela em realidade é; tornemos alegre, convidativo e interessante o caminho. Podemos fazê-lo, se quisermos. Podemos encher a mente de vívidos quadros das coisas espirituais e eternas, e assim fazendo, ajudar a torná-las reais a outras mentes. A fé vê Jesus como Mediador, à destra de Deus. A fé contempla as mansões que Ele foi preparar para os que O amam. A fé vê as vestes e a coroa, tudo preparado para os vencedores. A fé ouve os hinos dos remidos, e traz próximo as glórias eternas. Precisamos achegar-nos bem a Jesus em obediência de amor, caso queiramos ver o Rei em Sua beleza. -- The Review and Herald, 29 de Janeiro de 1884. ------------------------Capítulo 50 -- O senso das obrigações morais Te 213 1 Guiados por princípios morais e religiosos -- Devemos agir por pontos de vista morais e religiosos. Cumpre-nos ser temperantes em tudo, pois diante de nós estão uma coroa incorruptível e um tesouro celestial. -- Testimonies for the Church 2:374. Te 213 2 Devemos, como seguidores de Cristo, agir por princípio no comer e no beber. -- Redemption; or the Temptation of Christ in The Wilderness, 60. Te 213 3 O caso de Daniel nos mostra que, pelos princípios religiosos, podem os jovens triunfar sobre a concupiscência da carne e permanecer fiéis aos reclamos divinos, mesmo que isto lhes custe grande sacrifício. -- Testimonies for the Church 4:570. Te 213 4 Não há direito moral para agirdes como vos apraz -- Não tenho eu direito de fazer o que me apraz com meu corpo? -- Não, não tendes nenhum direito moral, porque estais violando as leis da vida e da saúde que vos foram dadas por Deus. Sois propriedade do Senhor, Seus pela criação e Seus pela redenção. "Amarás a teu próximo como a ti mesmo." A lei do respeito a si próprio e à propriedade do Senhor é aqui apresentada. E isto levará a respeitar as obrigações a que cada ser humano está sujeito a fim de conservar o maquinismo vivo, que é tão tremenda e maravilhosamente feito. -- Manuscrito 49, 1897. Te 213 5 Sentir a santidade da lei natural -- Toda lei que rege o organismo humano deve ser estritamente considerada; pois é tão verdadeiramente uma lei de Deus como o é a palavra das Sagradas Escrituras; e todo desvio voluntário da obediência a essa lei é tão certamente pecado como a transgressão da lei moral. Toda a natureza exprime a lei de Deus, mas em nossa estrutura física o Senhor escreveu Sua lei com o próprio dedo sobre cada nervo que freme, cada fibra viva, e sobre todo órgão do corpo. Sofremos perda e derrota, se sairmos do trilho da natureza, traçado pelo próprio Deus, para um caminho de nossa própria invenção. Te 214 1 Precisamos lutar segundo à lei, se quisermos alcançar a dádiva da vida eterna. A senda é suficientemente larga, e todos quantos correrem poderão ganhar o prêmio. Caso criemos apetites fora do natural, e com eles condescendermos em qualquer medida, violamos as leis da natureza, e o resultado serão condições físicas, mentais e morais enfraquecidas. Ficamos então inaptos para aquele esforço perseverante, enérgico e esperançoso que poderíamos haver feito, houvéssemos sido fiéis às leis da natureza. Se prejudicarmos um único órgão do corpo, roubamos a Deus o serviço que poderíamos prestar-Lhe. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." -- The Review and Herald, 18 de Outubro de 1881. Te 214 2 Constante senso de responsabilidade -- Os que possuem constante e viva percepção de que se acham nessa relação para com Deus não porão no estômago comida que agrade ao apetite mas prejudica os órgãos digestivos. Não arruinarão a propriedade de Deus por satisfação de impróprios hábitos no comer, beber ou vestir. Terão grande cuidado com o maquinismo humano, compreendendo que assim devem fazer a fim de trabalharem em colaboração com Deus. Ele quer que eles tenham saúde, sejam felizes e úteis. Mas para que assim possam ser, precisam pôr a vontade ao lado da Sua. -- Carta 166, 1903. Te 214 3 Guardados pelo baluarte da independência moral -- Mediante zeloso e perseverante esforço, podem os pais, com espírito isento das influências dos costumes da vida corrente, construir em torno dos filhos um baluarte moral que os protegerá das misérias e crimes ocasionados pela intemperança. Os filhos não devem ser deixados a crescer à vontade, desenvolvendo sem razão traços que deviam ter sido cortados pela raiz; mas devem ser disciplinados com cuidado, e educados para tomarem posição ao lado do direito, da reforma e da abstinência. Em toda crise eles terão assim independência moral para enfrentar a tempestade da oposição que certamente há de assediar, os que se colocarem na defesa da verdadeira reforma. -- Pacific Health Journal, Maio de 1890. Te 215 1 Levai em fé vossos filhos a Deus, e buscai impressionar-lhes a mente susceptível com o senso de suas obrigações para com seu Pai celeste. Isto exigirá mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. Te 215 2 Ensinar é um privilégio e uma bênção -- Sejam os alunos impressionados com o conceito de que o corpo é um templo em que Deus deseja habitar; que deve ser conservado puro, como habitação de pensamentos elevados e nobres. Vendo eles pelo estudo da fisiologia que na verdade são formados "de um modo terrível e tão maravilhoso" (Salmos 139:14), ser-lhes-á inspirada reverência. Em vez de desmerecer a obra de Deus, terão o desejo de fazer tudo o que lhes é possível a fim de cumprir o plano glorioso do Criador. E assim virão a considerar a obediência as leis de saúde, não como uma questão de sacrifício ou negação de si mesmos, mas, como realmente é, privilégio e bênção inestimáveis. -- Educação, 201. Te 215 3 Uma grande vitória se encarada do ponto de vista moral -- Se pudermos despertar as sensibilidades morais de nosso povo quanto à temperança, obter-se-á uma grande vitória. Cumpre ensinar e praticar temperança em todas as coisas desta vida. -- The Signs of the Times, 2 de Outubro de 1907. Te 215 4 Cada um tem de responder perante Deus individualmente -- A obediência às leis da vida precisa tornar-se questão de dever pessoal. Temos de responder a Deus por nossos hábitos e práticas. A questão por que devemos responder não é: Que diz o mundo? mas: Como hei de eu, professando ser cristão, tratar a habitação que me foi dada por Deus? Trabalharei eu para meu mais elevado bem temporal e espiritual, tratando meu corpo como um templo para habitação do Espírito Santo, ou sacrificar-me-ei às idéias e práticas do mundo? -- Manuscrito 86, 1897. Te 216 1 Mais que vencedores -- Caso os cristãos conservem seu corpo em sujeição e ponham todos os seus apetites e paixões sob o domínio da consciência esclarecida, sentindo ser seu dever para com Deus e para com os semelhantes obedecer às leis que regem a saúde e a vida, terão a bênção do vigor físico e mental. Possuirão força moral para empenhar-se na luta contra Satanás; e em nome dAquele que venceu o apetite em seu favor, serão mais que vencedores para seu próprio bem. -- The Review and Herald, 21 de Novembro de 1882. ------------------------Capítulo 51 -- Trabalhar juntos Te 217 1 Colocarem-se ombro a ombro -- Há, em outras igrejas, cristãos que se estão colocando na defesa dos princípios de temperança. Devemos procurar aproximar-nos desses obreiros e abrir caminho para eles se colocarem ombro a ombro conosco. Devemos convidar grandes homens, homens bons, para secundarem nossos esforços para salvar o que se acha perdido. -- Testimonies for the Church 6:110, 111. Te 217 2 Unir-nos quando pudermos -- Sempre que tiverdes oportunidade de unir-vos com o povo da temperança, fazei-o. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1888. Te 217 3 Em seu trabalho, sempre que tinha oportunidade, meu marido convidava os obreiros da causa da temperança para suas reuniões, e dava-lhes ocasião de falar. E quando nos eram feitos convites para assistirmos suas reuniões, sempre correspondemos. -- Carta 274, 1907. Te 217 4 Ligar-nos só com os que são leais a Deus -- Não devemos pôr-nos ao lado de clubes de temperança compostos de todas as classes de homens, com toda espécie de satisfações egoístas, e chamá-los reformadores. Há uma bandeira mais alta sob que nosso povo se reúna. Cumpre-nos, como um povo, fazer distinção entre aqueles que são leais à lei de Deus, e os que são desleais. -- Carta 1, 1882. Te 217 5 Atitude sensata para com outras organizações -- A questão da temperança deve ser respeitada por todo cristão genuíno, e merecer especialmente a sanção de todos quantos professam ser reformadores. Haverá, porém, na igreja pessoas que não mostrarão sabedoria no lidar com esse assunto. Alguns manifestarão assinalado desrespeito a quaisquer reformas que surjam de qualquer outro povo que não sejam os de sua própria fé; erram nisso, sendo demasiado exclusivistas. Te 218 1 Outros aceitarão ansiosamente tudo quanto é novo e tenha a aparência de temperança, absorvendo todos os outros interesses nesse único ponto; a prosperidade e caráter peculiar e santo de nossa fé é passado por alto, os partidos da temperança são abraçados, formando-se uma aliança entre o povo que observa os mandamentos de Deus e todas as classes de pessoas. Perigos cercam a fé de toda alma que não se encontra intimamente unida a Deus. -- Carta 1, 1882. Te 218 2 Lições tiradas de prejudicial união com um grupo superficial -- Sociedades e clubes de temperança se têm formado entre os que não professam a verdade.* ... Foi-me mostrado que as condições da igreja de _____ eram singulares. Muitos há que, houvessem consagrado tanto zelo e manifestado tanto espírito missionário na obra de reforma entre nós como um povo, como têm feito quanto ao Clube da Fita Vermelha, receberiam a sanção de Deus a sua conduta. As diversas organizações de temperança, porém, são muito limitadas em suas idéias de reforma. Te 218 3 Aqueles que prestam tão grande influência e agitação desse assunto e, ao mesmo tempo, são devotados ao fumo, ao chá e ao café, e condescendem com alimento destruidor da saúde em sua mesa, não são povo da temperança. Fazem frouxos e intermitentes movimentos, cheios de zelo e excitação, mas não vão ao fundo da verdadeira reforma, e dentro de pouco tempo mostrarão declínio no interesse, e a volta, da parte de muitos, a suas antigas e ímpias satisfações, porque apenas tiraram as folhas da árvore em vez de pôr-lhe o machado à raiz. Esta questão da temperança precisa ir à raiz do mal, do contrário de pouco proveito será. Te 219 1 Nossa influência deve estar com os leais e fiéis -- Enquanto nosso povo se misturar com a classe dos inimigos de Cristo e da verdade, nem ganham nem comunicam força. ... Não devemos, como um povo, ser exclusivistas; nossa luz é difusiva, buscando constantemente salvar os que perecem. Mas ao passo que isto fazemos, a força de nossa influência precisa achar-se com os leais e os fiéis. ... Te 219 2 A casa de Deus profanada -- A casa consagrada ao culto de Deus não é o lugar para introduzir-se a classe dos que entram no templo de Deus e o contaminam com sua intemperança no uso do fumo ao mesmo tempo que professam defender a temperança. As falas vulgares, a conversa e ações ruidosas, não recomendam a esses irmãos. ... Te 219 3 Impossível é a nosso povo harmonizar-se com qualquer grupo ou clube de temperança quando nossa fé é tão dessemelhante. ... Te 219 4 Nossos amigos incrédulos têm exultado ao ver na igreja a dissensão que se desenvolveu com a união de nosso povo com o Clube da Fita Vermelha. Eles não têm tido nenhuma simpatia por nós como um povo no que respeita à temperança. Acham-se muito, muito atrás, e têm ridicularizado nosso povo como fanáticos quanto à saúde. Querem agora ser favorecidos, e receber força de nossa influência, ao mesmo tempo que não se aproximam mais em simpatia para com nossa fé; ao passo que se o caso houvesse sido tratado discretamente haveria tido sobre alguns essa influência para mudar-lhes a opinião quanto a nossa fé. Te 219 5 Houvesse o clube de temperança sido deixado em seu próprio terreno, nós, como um povo, achando-nos em nosso plano avançado, guardando respectivamente a elevada norma a nós dada por Deus para atingirmos como necessária a nossa posição e fé, haveria sido muito mais saudável a influência quanto à temperança na igreja do que se mostra agora. -- Carta 1, 1882. Te 220 1 Não sacrificar princípios -- Segundo o esclarecimento que me foi dado por Deus, todo membro entre nós deve assinar o compromisso e estar ligado à associação de temperança. ... Te 220 2 Devemos unir-nos a outras pessoas, uma vez que não sacrifiquemos princípios. Isto não quer dizer que nos unamos a suas lojas e sociedades,* mas que os deixemos saber que temos sincera simpatia com a questão da temperança. Te 220 3 Não devemos trabalhar unicamente por nosso próprio povo, mas dedicar serviço também a espíritos nobres fora de nossas fileiras. Cumpre-nos estar à testar à na reforma de temperança. -- The Review and Herald, 21 de Outubro, de 1884. Te 220 4 Uma obra eficaz em unir-se com os obreiros da temperança cristã -- Pouco depois de meu marido e eu voltarmos da Califórnia para Michigan na primavera de 1877, fomos fervorosamente solicitados a tomar parte em uma reunião de temperança em massa, esforço muito digno de louvor em andamento entre a melhor parte dos cidadãos de Battle Creek. Esse movimento abrangia o Clube de Reforma de Battle Creek, seiscentos homens, e a União de Temperança das Mulheres Cristãs, duzentas e sessenta. Deus, Cristo e o Espírito Santo, e a Bíblia eram palavras familiares entre esses zelosos obreiros. Muito bem já havia sido realizado, e a atividade dos obreiros, o sistema porque trabalhavam e o espírito de suas reuniões, prometiam maior bem no futuro. ... Te 221 1 Por convite da Comissão de Arranjos, Prefeito Austin, W. H. Skinner, caixa do Primeiro Banco Nacional, e C. C. Peavey, falei na tenda enorme no domingo, 1° de Julho, sobre a temperança cristã. Deus ajudou-me nessa noite; e se bem que eu falasse noventa minutos, a multidão de cinco mil pessoas escutou em perfeito silêncio. -- Manuscrito 79, 1902, parte citada em Testimonies for the Church 4:274, 275. Te 221 2 Fazei palestras sobre a temperança em outras igrejas -- Sejam as palestras feitas para os adventistas do sétimo dia quanto à reforma de temperança apresentadas em outras igrejas. ... Não haja nenhum ataque de adventistas por pena ou pela voz contra qualquer movimento de temperança. -- Carta 107, 1900. Te 221 3 Não sejamos alienados por diferenças doutrinárias -- Ainda que seus adeptos não creiam como nós em muitos pontos de doutrina,* unir-nos-emos com eles todavia quando, assim fazendo, pudermos ajudar nossos semelhantes. Deus quer que aprendamos individualmente a trabalhar com tato e habilidade na causa da temperança e outras reformas, e empreguemos nossos talentos sabiamente em beneficiar e elevar a humanidade. Te 221 4 Se quisermos entrar no gozo de nosso Senhor, precisamos colaborar com Ele. Com o calor do amor de Jesus no coração, veremos sempre algum meio de alcançar a mente e o coração de outros. Esse amor nos tornará abnegados, refletidos e bondosos; e a bondade abre a porta dos corações; a brandura é muito mais poderosa que o espírito de Jeú. -- The Review and Herald, 10 de Fevereiro de 1885. Te 221 5 Sentir nossa responsabilidade -- Os que têm trabalhado na causa da temperança, e que têm tido em sua obra a assistência do Senhor, deveriam ter tido em seu favor muito mais trabalho. Necessitamos sentir nossa responsabilidade nessa obra. -- The Review and Herald, 8 de Maio de 1900. Te 222 1 Aliviados de erigir edifícios -- É o plano e o esforço constante de Satanás enredar a obra de Deus num trabalho supostamente benéfico e excelente, de modo que não se possam abrir as portas para entrar em novos campos e obra nova com pessoas que possuem adiantado conhecimento quanto aos princípios de temperança. Unir-nos com eles em sua obra seria fazer trabalho especial para este tempo, sem assumir responsabilidades de uma obra que obriga a gastos de meios na construção de prédios, o que embaraçaria as associações, uma obra que absorveria e consumiria sem produzir. -- Manuscrito 46, 1900. Te 222 2 Deus abrirá o caminho -- Buscai toda oportunidade de esclarecer e beneficiar os obreiros da temperança. A organização de temperança tem tido sempre meu respeito. Caso sejais guiados pelo Espírito Santo, abrir-se-ão caminhos para trabalhardes. -- Carta 316, 1907. ------------------------Capítulo 52 -- Cooperar com a U.T.M.C Te 222 3 Uma organização com a qual podemos unir-nos -- A União de Temperança das Mulheres Cristãs é uma organização com cujos esforços para disseminação dos princípios de temperança, podemos unir-nos de boa vontade. Foi-me mostrado que não nos devemos manter afastados delas mas, conquanto não deva haver sacrifício de princípios de nossa parte, devemos o quanto possível unir-nos com elas no trabalho de reforma de temperança. ... Devemos colaborar com elas quando pudermos, e podemos certamente fazê-lo na questão de fechar inteiramente os bares. Te 222 4 Ao submeter o instrumento humano sua vontade à vontade de Deus, o Espírito Santo impressionará o coração daqueles a quem ministra. Foi-me mostrado que não devemos esquivar-nos às obreiras da U.T.M.C. Unindo-nos com elas em favor da abstinência total, não mudamos nossa atitude quanto à observância do sétimo dia, e podemos mostrar nossa apreciação pela atitude delas relativamente à questão da temperança. Abrindo a porta, e convidando-as a se unirem conosco no assunto da temperança, granjeamos assim sua cooperação nesse sentido; e elas, unindo-se a nós, ouvirão novas verdades que o Espírito Santo está esperando para gravar nos corações. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1908. Te 223 1 Surpreendida com nossa indiferença -- Tenho tido algumas oportunidades de ver a grande vantagem a ser obtida mediante nossa ligação com as obreiras da U.T.M.C., e ficado muito surpreendida ao ver a indiferença de muitos de nossos dirigentes para com essa organização. Concito meus irmãos a despertarem. -- Carta 274, 1907. Te 223 2 Como podemos trabalhar juntos -- Necessitamos, neste tempo, manifestar decidido interesse no trabalho da União de Temperança das Mulheres Cristãs. Ninguém que professe ter parte na obra de Deus, deve perder o interesse no grande objetivo desta organização no sentido da temperança. Te 223 3 Seria bom se em nossas reuniões campais convidássemos a U.T.M.C. a tomar parte em nossos serviços. Isto as ajudaria a relacionar-se com as razões de nossa fé, e abriria o caminho para unir-nos a elas na obra de temperança. Se assim fizermos, chegaremos a ver que a questão da temperança significa mais do que muitos têm suposto. Te 223 4 Em certos assuntos, as obreiras da U.T.M.C. encontram-se muito adiante de nossos líderes. O Senhor tem nessa organização almas preciosas, que podem ser grande auxílio para nós nos esforços para promover o movimento de temperança. E a educação que nosso povo tem tido na verdade bíblica e em certo conhecimento das reivindicações da lei de Jeová, habilitará nossas irmãs a comunicar a essas nobres defensoras da temperança o que será para seu bem espiritual. Formar-se-á assim uma união e simpatia onde por vezes existiu preconceito e desentendimento. ... Te 224 1 Não podemos fazer obra melhor do que nos unir, até aonde o possamos fazer sem transigências, com as obreiras da U.T.M.C. Te 224 2 Escrevi a esse respeito a uma de nossas irmãs em 1898: Te 224 3 "O Senhor, creio plenamente, está vos guiando para que conserveis os princípios de temperança claros e distintos, em toda a sua pureza, em ligação com a verdade para estes últimos dias. Aqueles que fazem Sua vontade saberão pela doutrina. ... O Senhor não manda que vos separeis da U.T.M.C. Elas necessitam de toda luz que lhes podeis comunicar. Fazei incidir em seu caminho toda luz possível. Podeis concordar com elas no terreno dos puros e elevados princípios que deram início à existência da União da Temperança das Mulheres Cristãs. O Senhor deu-vos aptidões e talentos a serem conservados incorruptos em sua simplicidade. Podeis, por meio de Jesus Cristo, realizar uma boa obra. -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1914. Parte usada em Obreiros Evangélicos, 384, 385. Te 224 4 Ensinarem a nossas mulheres como trabalhar -- Muito benefício seria efetuado se algumas das senhoras da U.T.M.C. fossem convidadas a nossas reuniões campais para tomar parte nas reuniões ensinando nossas irmãs a maneira de trabalhar. Enquanto na reunião elas ouviriam e receberiam, ao mesmo tempo que comunicariam. Há grande trabalho a ser feito, e em vez de apresentar os aspectos de nossa fé que são objetáveis aos incrédulos, digamos-lhes como Filipe disse a Natanael: "Vem e vê." Te 224 5 Não nos podemos unir a elas em exaltar o domingo -- Quero unir-me às obreiras da U.T.M.C., mas não podemos a elas unir-nos na obra de exaltar o falso sábado. Não podemos trabalhar em sentidos que significassem transgressão da lei de Deus, mas dizer-lhes: Vinde à plataforma correta. -- Manuscrito 93, 1908. Te 224 6 Nunca recuseis convites para falar -- Tem-me sido feita a pergunta: Sendo convidados pela U.T.M.C. para falar em suas reuniões, devemos aceitar o convite? Te 225 1 Respondo: Ao serdes convidadas para falar em tais reuniões, nunca recuseis. Esta é a regra que sempre tenho seguido. Ao ser convidada para falar sobre a temperança, nunca hesitei. Entre aqueles que estão trabalhando pela propagação da temperança, o Senhor tem almas a quem a verdade para nossos dias deve ser apresentada. Cumpre-nos apresentar uma mensagem à U.T.M.C. Te 225 2 O único objetivo de Cristo quando aqui na Terra, era refletir a luz de Sua Justiça aos que se encontravam em trevas. As obreiras da U.T.M.C. não possuem toda a verdade em todos os pontos, mas estão realizando uma boa obra. -- Manuscrito 31, 1911. Te 225 3 Livres para agir em harmonia com elas -- Interesso-me profundamente na U.T.M.C. É do agrado do Senhor que vos sintais livres para atuar em harmonia com elas. ... Não temo que percais o interesse ou venhais a apostatar da verdade por vos interessardes nessas pessoas que tomaram tão nobre atitude ao lado da questão da temperança, e insistirei com nosso povo, e com os que não pertencem à nossa fé, para que nos ajudem a levar avante a obra da temperança cristã. ... Te 225 4 Em nossos labores juntos, meu marido e eu sentimos sempre ser nosso dever demonstrar em todo lugar onde realizávamos reuniões, que nos achávamos em inteira harmonia com as obreiras da causa da temperança. Expusemos sempre esta questão claramente ao povo. Vinham-nos convites para falar em diversos lugares acerca da questão de temperança, e aceitei sempre esses convites quando me era possível. Foi assim não somente neste país, mas na Europa e na Austrália, e em outros lugares em que tenho trabalhado. Te 225 5 Não percais nem uma oportunidade de unir-vos à obra da temperança -- Sinto não ter havido nos últimos anos mais vivo interesse, entre nosso povo, para ampliar este ramo da obra do Senhor. Não nos podemos permitir perder uma ocasião de unir-nos com a obra da temperança em qualquer parte. Se bem que a causa da temperança nos países estrangeiros não avance sempre tão rapidamente como poderíamos desejar, todavia em alguns lugares os esforços dos que se empenharam nela foram seguidos de decidido êxito. Na Europa, achamos o povo acessível nesta questão. Uma ocasião em que aceitei um convite para falar a um grande auditório acerca da temperança, o povo honrou-me colocando no púlpito a bandeira americana. Minhas palavras foram recebidas com a mais profunda atenção, e ao fim de minha palestra foi-me concedido caloroso voto de agradecimentos. Nunca, em toda a minha obra nesse sentido, recebi uma palavra de desrespeito. -- Carta 278, 1907. ------------------------Capítulo 53 -- A situação atual Te 227 1 Repetição dos mesmos pecados -- Os mesmos pecados que trouxeram destruição sobre o mundo nos dias de Noé, existem em nossos dias. Homens e mulheres levam agora o comer e beber tão longe, que finda em glutonaria e embriaguez. Este pecado dominante, a satisfação do apetite pervertido, inflamava as paixões nos dias de Noé, levando a vasta corrupção. A violência e o pecado chegaram ao Céu. Esta poluição moral foi finalmente varrida da Terra pelo Dilúvio. ... Te 227 2 Comer, beber e vestir são levados a tal excesso, que se tornam crimes. Encontram-se entre os pronunciados pecados dos últimos dias, e constituem um sinal da próxima vinda de Cristo. Tempo, dinheiro e forças, que pertencem ao Senhor, mas que Ele nos confiou, são gastos em superfluidades de vestuário e iguarias para o apetite pervertido, que diminuem a vitalidade, e trazem sofrimento e decadência. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 11, 12. Te 227 3 Uma sucessão de quedas -- Desde os dias de Adão até hoje, tem havido uma sucessão de quedas, cada uma maior que a anterior, em toda espécie de crime. Deus não criou uma raça de seres tão destituídos de saúde, beleza e força moral como os que vemos agora no mundo. Tem estado a aumentar terrivelmente sobre a raça doença de toda espécie. Isto não tem acontecido por especial providência de Deus, mas diretamente em contrário à Sua vontade. Tem vindo pelo menosprezo do homem pelos próprios meios que Deus ordenou a fim de protegê-lo dos terríveis males existentes. A obediência à lei de Deus em todos os respeitos, salvaria o homem da intemperança, da licenciosidade e das doenças de toda casta. Ninguém pode transgredir a lei natural sem sofrer a pena. -- The Review and Herald, 4 de Março de 1875. Te 228 1 Milhares de pessoas a venderem sua capacidade mental -- Que homem quereria deliberadamente vender sua capacidade mental, fosse qual fosse a soma de dinheiro? Fizesse-lhe alguém a oferta de dinheiro para ele repartir seu intelecto, e ele se desviaria aborrecido de tão estulta sugestão. Todavia milhares estão se despojando da saúde do corpo, do vigor do intelecto e da elevação da alma, por amor de satisfazer ao apetite. Em vez de ganho, experimentam apenas perda. Isto eles não avaliam em virtude de suas sensibilidades embotadas. Têm golpeado as faculdades que lhes foram dadas por Deus. E por quê? Reposta: aviltantes sensualidades e vícios degradantes. A satisfação do gosto é obtida à custa da saúde e do intelecto. -- The Review and Herald, 4 de Março de 1875. Te 228 2 A mudança insidiosa e gradual -- O uso da intoxicante bebida espirituosa destrona a razão, e endurece o coração contra toda influência pura e santa. A rocha inanimada escutará mais depressa aos apelos da verdade e da justiça, do que aquele homem cujas sensibilidades se encontram paralisadas pela intemperança. Os mais delicados sentimentos do coração não se embotam de repente. Opera-se uma mudança gradual. Os que se arriscam a entrar na senda proibida, são gradualmente desmoralizados e corrompidos. E se bem que abundem nas cidades os botequins, tornando fácil a satisfação, e ainda que os jovens se achem cercados de seduções a lhe tentarem o apetite, muitas vezes o mal não começa pelo uso de bebidas intoxicantes. O chá, o café e o fumo são estimulantes artificiais, e seu uso cria a exigência do estímulo mais forte que se encontra nas bebidas alcoólicas. E enquanto os cristãos se acham adormecidos, esse mal gigante que é a intemperança vai ganhando força e fazendo novas vítimas. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1910. Te 229 1 Tentações de todo lado -- Nos restaurantes particulares e lugares de recreio, oferecem-se às senhoras, sob alguma designação aprazível, bebidas populares que são na verdade intoxicantes. Para os doentes e debilitados, há os largamente preconizados aperitivos, que consistem em grande parte de álcool. Te 229 2 Para despertar nas crianças o apetite da bebida, introduzem o álcool em confeitos ou bombons. Estes são vendidos nas confeitarias. E por meio desses confeitos o vendedor de bebidas seduz as crianças para sua roda. Te 229 3 Dia a dia, mês a mês, ano a ano, prossegue a obra. Pais e maridos, e irmãos, esteio, esperança e orgulho da nação, vão decididamente passando para os antros do traficante de bebidas, para serem devolvidos desgraçados, em ruínas. -- A Ciência do Bom Viver, 338, 339. Te 229 4 Na "marcha para a morte" -- Para que os homens não tenham tempo para meditação, Satanás os leva para uma rotina de frivolidades e busca de prazeres, de comidas e bebidas. Enche-os da ambição de se exibirem, para que se exaltem. Passo a passo, o mundo está ficando nas condições que reinavam nos dias de Noé. Todo imaginável crime é cometido. A concupiscência da carne, a soberba dos olhos, a ostentação do egoísmo, o abuso do poder, a crueldade... -- tudo isso é operação de instrumentos satânicos. A este círculo de crime e de loucura o homem chama "vida". ... Te 229 5 O mundo que age como se não houvesse Deus, absorto em empreendimentos egoístas, cedo sofrerá repentina destruição, e não escapará. Muitos continuam na descuidada satisfação própria, até que se tornam tão cansados da vida, que se suicidam. Dançando e pagodeando, bebendo e fumando, satisfazendo as paixões animais, eles vão como o boi ao matadouro. Satanás opera com toda a sua arte e com seus enganos, para manter os homens marchando, como cegos, para a frente, até que o Senhor Se erga de Seu lugar, para castigar os habitantes da Terra, por causa de suas iniqüidades, quando a Terra exporá seu sangue e não mais encerrará os seus mortos. O mundo inteiro parece estar em marcha para a morte. -- Evangelismo, 26. Te 230 1 A praga levada a nações pagãs -- Das terras chamadas cristãs, é a praga levada às regiões da idolatria. Os pobres e ignorantes selvagens são ensinados a beber. Mesmo entre os pagãos, homens de inteligência reconhecem e protestam contra o álcool como veneno mortífero; em vão, porém, têm eles procurado proteger sua terra contra as devastações que ele traz. Povos civilizados forçam a entrada do fumo, do álcool e do ópio entre as nações pagãs. As desenfreadas paixões dos selvagens, estimuladas pelo álcool, arrastam-nos a uma degradação dantes desconhecida, tornando-se empreendimento quase desesperado o envio de missionários a essas terras. Te 230 2 Mediante seu contato com os povos que lhes deviam ter dado o conhecimento de Deus, são os pagãos levados a vícios que se estão demonstrando a destruição de tribos e raças inteiras. E por isso, nos lugares obscurecidos da Terra, são odiados os homens das nações civilizadas. -- A Ciência do Bom Viver, 339. Te 230 3 As próprias igrejas cristãs paralisadas -- O interesse da bebida é um poder no mundo. Ele tem de seu lado as forças conjugadas do dinheiro, do hábito e do apetite. Seu poder faz-se sentir na própria igreja. Homens cujo dinheiro foi ganho, direta ou indiretamente, no tráfico das bebidas alcoólicas, são membros de igrejas, de boa reputação. Muitos deles dão liberalmente para as obras populares de caridade. Suas contribuições ajudam a manter os empreendimentos da igreja e a sustentar seus ministros. Impõem a consideração dispensada ao poder do dinheiro. As igrejas que aceitam tais membros estão virtualmente apoiando o comércio de bebidas. Com demasiada freqüência o ministro não tem a coragem de ficar ao lado do direito. Ele não declara ao povo o que Deus disse a respeito da obra do vendedor de bebidas. Falar claramente, seria ofender a congregação, sacrificar a popularidade, perder o salário. -- A Ciência do Bom Viver, 340. Te 231 1 Os ministros têm deixado cair a bandeira -- O Senhor tem uma contenda com os habitantes da Terra que estão vivendo nesta época de perigo e corrupção. Ministros do evangelho se têm apartado do Senhor, e os que professam o nome de Cristo são culpados de não manterem erguida a bandeira da verdade. Ministros temem ser abertamente proibicionistas, e calam-se quanto à praga da bebida, temendo que seu salário seja diminuído ou ofendida sua congregação. Temem que, se declararem a verdade bíblica com poder e clareza, mostrando a linha de distinção entre o sagrado e o comum, perderiam sua popularidade; pois há grande número de membros na igreja que recebem proventos, seja direta, seja indiretamente, do tráfico de bebidas. Te 231 2 Essas pessoas não ignoram o pecado que estão praticando. Ninguém precisa ser informado de que o comércio de alcoólicos liga a suas vítimas miséria, vergonha, degradação e morte, com a eterna ruína de sua alma. Os que ceifam um lucro, direta ou indiretamente, desse tráfico, estão metendo na gaveta o dinheiro adquirido por meio da perda de almas de homens. Te 231 3 As igrejas que conservam membros que se acham ligados com o comércio de bebidas, tornam-se responsáveis pelas transações que têm lugar por meio desse tráfico. ... Te 231 4 Dinheiro manchado com sangue de almas -- O mundo e a igreja se podem unir em elogios ao homem que tentou o apetite, e atendeu à sede que ele ajudou a criar; podem olhar com um sorriso àquele que ajudou a aviltar um homem que fora formado à imagem de Deus, até que essa imagem se encontre por assim dizer, apagada; Deus, porém, olha com desagrado para ele, e escreve-lhe a condenação no livro da morte. ... Te 232 1 Esse mesmo homem pode fazer grandes donativos à igreja; aceitará, porém, o Senhor o dinheiro que é arrancado à família do ébrio? Ele está manchado do sangue das almas, e a maldição de Deus se acha sobre ele. Ele diz: "Porque Eu, o Senhor, amo o juízo; aborreço o que foi roubado, oferecido em holocausto." [Versão Trinitária.] A igreja pode louvar a liberalidade de alguém que dá oferta; estivessem, no entanto, os olhos dos membros da igreja ungidos com colírio celeste, e não chamariam o bem mal e a iniqüidade justiça. Diz o Senhor: "De que Me serve a Mim a multidão dos vossos sacrifícios?... Quando vindes para comparecerdes perante Mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis pisar os Meus átrios? Não tragais mais ofertas debalde; o incenso é para Mim abominação." "Enfadais o Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que O enfadamos? Nisto que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que Ele Se agrada; ou, onde está o Deus do juízo?" -- The Review and Herald, 15 de Maio de 1894. Te 232 2 Condições que chamam os juízos de Deus -- Por causa da impiedade que se segue largamente em resultado do uso das bebidas alcoólicas, os juízos de Deus estão caindo sobre a Terra hoje em dia. Não temos nós solene responsabilidade de desenvolver diligentes esforços em oposição a esse grande mal? -- Conselhos Sobre Saúde, 432. Te 232 3 Reforma oportuna -- Há necessidade de uma grande reforma no que respeita à temperança. O mundo está cheio de toda espécie de satisfações do próprio eu. Devido à influência obscurecedora de estimulantes e narcóticos a mente de muitos se acha incapaz de discernir entre o sagrado e o profano. -- Conselhos Sobre Saúde, 432. Te 232 4 Chamado de Deus para ajudar os ébrios -- Vosso semelhante talvez esteja cedendo à tentação de se destruir a si próprio pela bebida e o fumo. Talvez esteja queimando seus órgãos vitais com estimulantes ardentes. Vai seguindo sua carreira para a ruína própria e de sua esposa e filhos, que não conseguem deter-lhe os pés na estrada da perdição. Deus vos chama a trabalhar em Sua vinha, a fazer tudo ao vosso alcance para salvar os semelhantes. -- Manuscrito 87, 1898. Te 233 1 Ao enfrentarmos essas coisas e virmos as conseqüências terríveis da bebida, não faremos tudo quanto esteja em nosso poder a fim de cerrar fileiras no auxílio a Deus para o combate a esse grande mal? -- Evangelismo, 265. ------------------------Capítulo 54 -- Convocado à batalha Te 233 2 Nosso lugar na linha de frente -- De todos quantos se pretendem contar entre os amigos da temperança, os adventistas do sétimo dia devem-se achar na primeira linha. -- Obreiros Evangélicos, 384. Te 233 3 Na questão da temperança devem estar na frente de todos. -- Medicina e Salvação, 273. Te 233 4 Ao passo que a intemperança tem seus patrocinadores francos, confessos, não havemos nós, que professamos honrar a temperança avançar para a frente e mostrar-nos firmes ao seu lado, lutando pela coroa da vida imortal, e não dando a mínima influência a esse mal terrível que é a intemperança? -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1887. Te 233 5 Sinto-me aflita ao olhar a nosso povo e saber que eles estão esposando muito frouxamente a questão da temperança. ... Cumpre-nos estar à testa na reforma da temperança. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1884. Te 233 6 Não um assunto de gracejo -- Muitos fazem da temperança assunto de pilhérias. Pretendem que o Senhor não Se interessa com tão insignificantes questões como o que comemos e bebemos. Não tivesse o Senhor cuidado por essas coisas, porém, não Se haveria manifestado à mulher de Manoá, dando-lhe instruções definidas, e recomendando-lhe duas vezes que se guardasse de não as seguir. Não é isto prova suficiente de que Ele cuida dessas coisas? -- The Signs of the Times, 13 de Setembro de 1910. Te 234 1 Uma parte da mensagem do terceiro anjo -- Toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da mensagem do terceiro anjo. A reforma da temperança requer especialmente nossa atenção e apoio. -- Testimonies for the Church 6:110. Te 234 2 Não haverá entre nós como um povo um reavivamento da obra da temperança? Por que não estamos fazendo muito mais decididos esforços para opor-nos ao tráfico das bebidas, que está arruinando a alma de homens, e causando violência e crime de toda espécie? Com a grande luz que Deus nos tem confiado, devemos encontrar-nos na dianteira de toda verdadeira reforma. -- Conselhos Sobre Saúde, 432. Te 234 3 Contínuos esforços diligentes -- A intemperança continua ainda suas devastações. Iniqüidade de toda espécie jaz qual poderosa barreira a impedir o progresso da verdade e da justiça. Injustiças sociais, nascidas da ignorância e do vício, causam ainda indizível miséria, e lançando sua malfazeja sombra tanto sobre a igreja como no mundo. A depravação entre a juventude está crescendo em vez de diminuir. Coisa alguma a não ser o esforço contínuo, diligente, servirá para remover essa praga desoladora. O conflito com o interesse e o apetite, com maus hábitos e paixões profanas, será renhido e implacável; unicamente os que agirem por princípios podem obter a vitória nesse conflito. -- The Review and Herald, 6 de Novembro de 1883. Te 234 4 Deus opera por meio de sua igreja -- Se homens e mulheres devem ser assim seduzidos, não operará o Senhor por meio de Sua igreja, impressionando Seu povo a cumprir o dever para com essas vítimas iludidas? Para muitos, a bebida tem sido considerada como o único consolo na tribulação. Não é preciso que seja assim, se o povo de Deus apoderar-se das oportunidades que lhes são oferecidas. Não estivessem seus olhos cegados pelo egoísmo, e veriam a obra à espera de ser feita. Seriam mandados por Deus a efetuar a obra que Ele queria que fizessem no começo de sua vida cristã, quando tinham a alma cheia de alegria por seus pecados haverem sido perdoados. -- Manuscrito 87, 1898. Te 235 1 Uma arma de maior eficácia que o machado -- Deus quer que nos coloquemos onde possamos advertir o povo. Ele quer que empreendamos a questão da temperança. Por errôneos hábitos de comer e beber, estão os homens destruindo toda a sua força quanto ao pensamento e à inteligência. Não necessitamos pegar um machado e irromper dentro de seus bares. Temos arma de maior eficácia -- a Palavra do Deus vivo. Essa abrirá caminho através da sombra infernal que Satanás lhe procura lançar na trilha. Deus é poderoso e capaz. Ele lhes falará ao coração. Temo-Lo visto assim fazer. -- The General Conference Bulletin, 23 de Abril de 1901. Te 235 2 Unirem-se os jovens para deter o mal -- Não há classe alguma de pessoas capaz de efetuar mais na luta contra a intemperança do que a juventude temente a Deus. Nestes dias, os jovens de nossas cidades se devem unir como um exército, firmes e decididos contra toda forma de satisfação egoísta, destruidora da saúde. Que poder poderiam eles ser para o bem! Quantos poderiam salvar de se tornarem desmoralizados nos salões e jardins providos de música e outras atrações para seduzir os jovens!... Te 235 3 Os rapazes e as moças que professam crer na verdade para este tempo só podem agradar a Jesus, unindo-se num esforço para enfrentar os males que têm, com sedutora influência, se insinuado na sociedade. Devem fazer tudo ao seu alcance para deter a onda de intemperança que ora se estende com desmoralizante poder pela Terra. Compreendendo que a intemperança tem francos e confessos patrocinadores, os que honram a Deus tomam firmemente posição contra esta onda de mal que está levando velozmente homens e mulheres à perdição. -- The Youth's Instructor, 16 de Julho de 1903. Te 236 1 Convocados à guerra santa contra o desejo e a concupiscência -- Acham-se nossos jovens preparados para erguer a voz na causa da temperança e mostrar seus efeitos sobre a cristandade? Alistar-se-ão eles na guerra santa contra o desejo e a concupiscência? Nossa civilização artificial anima os males que estão destruindo os sãos princípios. E o Senhor está às portas. Onde se acham os homens que saiam a trabalhar confiando plenamente em Deus, prontos a realizar e a ousar? Deus pede: "Filho, vai trabalhar hoje na Minha vinha." -- Manuscrito 134, 1898. Te 236 2 Seguir as instruções de Deus -- Devemos começar a trabalhar na questão da temperança. Cumpre-nos tomar em mãos esse assunto pela maneira por que o Senhor me tem muitas vezes mostrado que deve ser feito. -- Carta 334, 1905. Te 236 3 Chamados a unir-nos a nossa sociedade de temperança -- Sociedades e clubes de temperança se têm formado entre aqueles que não fazem profissão da verdade, ao passo que nosso povo, se bem que muito à frente de qualquer outra denominação no país em matéria de princípios de temperança prática, tem sido tardio em organizar-se em sociedades de temperança, deixando assim de exercer a influência que, de outro modo, poderia ter. -- Carta 1, 1882. Te 236 4 Segundo a luz que Deus me deu, cada um dos nossos membros deve assinar o compromisso e unir-se à Associação de Temperança. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1884. Te 236 5 Todo membro de igreja trabalhar -- Tornem-se todos os que têm Bíblias e crêem na Palavra de Deus ativos obreiros pró-temperança. Quem buscará agora promover a obra de nosso Redentor? Trabalhe todo membro da igreja pela devida maneira. -- Carta 18a, 1906. Te 236 6 Precisamos de que cada um seja um obreiro da temperança. -- Manuscrito 18, 1894. Te 236 7 O poder do exemplo -- Por nosso exemplo e esforço individual, podemos ser o meio de salvar muitas almas da degradação da intemperança, do crime e da morte. -- Testimonies for the Church 3:489. Te 237 1 Necessidade de homens como Daniel -- Há em nossos dias necessidade de homens como Daniel -- homens que possuam a abnegação e a coragem de serem radicais reformadores de temperança. Cuide todo cristão em que seu exemplo e sua influência se encontrem ao lado da reforma. Sejam os ministros do evangelho fiéis em instruir e advertir o povo. E lembrem-se todos de que nossa felicidade em dois mundos depende do devido aproveitamento de um deles. -- The Signs of the Times, 6 de Dezembro de 1910. ------------------------Capítulo 55 -- Pela voz -- parte de nossa mensagem evangelística Te 237 2 Apresentar a temperança com as verdades espirituais -- Em ligação com a apresentação das verdades espirituais, devemos também apresentar o que diz a Palavra de Deus quanto às questões da saúde e da temperança. Cumpre-nos, por todos os meios possíveis, pôr as almas sob o convincente e convertedor poder de Deus. -- Carta 148, 1909. Te 237 3 Tenho ouvido alguns, ao falarem com referência à temperança, dizerem: "Não tenho tempo. Tenho tanto o que fazer em pregar aqui e ali acerca da mensagem do terceiro anjo e as razões de nossa fé, que não posso tomar tempo para empenhar-me na obra de saúde e temperança." Caso esses homens cortassem cerca de um terço de seus sermões, o povo deles receberia mais benefício, e os pregadores teriam então tempo para falar sobre esta questão. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1888. Te 237 4 Temperança e salvação -- Foi-nos dada, como um povo, a obra de tornar conhecidos os princípios relativos à reforma de saúde. Pensam alguns que a questão do regime não é de suficiente importância para ser incluído em sua obra evangelística. Esses, porém, cometem grande erro. Declara a Palavra de Deus: "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todos os seus aspectos, tem importante lugar na obra da salvação. -- Testimonies for the Church 9:112. Te 238 1 Parte da mensagem do terceiro anjo -- Irmãos e irmãs, queremos que vejais a importância dessa questão da temperança, e que nossos obreiros se interessem nela, e conheçam que é tão ligada com a mensagem do terceiro anjo como o braço direito o é com o corpo. Devemos fazer progresso nesta obra. -- The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1888. Te 238 2 Tornar clara a lei natural, e insistir na obediência a essa lei, eis a obra que acompanha a mensagem do terceiro anjo para preparar um povo para a vinda do Senhor. -- Testimonies for the Church 3:161. Te 238 3 Agitar o espírito público -- Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo. O grande assunto da reforma deve ser ventilado, e o espírito deve ser agitado. Cumpre ligar a temperança em todas as coisas com a mensagem, desviar o povo de Deus de sua idolatria, sua glutonaria, bem como da extravagância no vestuário e outras coisas. -- Testimonies for the Church 3:62. Te 238 4 Ergamos a voz contra a maldição da embriaguez. Lutemos por advertir o mundo contra suas sedutoras influências. Retratemos perante jovens e velhos os terríveis resultados da satisfação do apetite. -- Manuscrito 80, 1903. Te 238 5 Quando a temperança for apresentada como parte do evangelho, muitos verão sua necessidade de reforma. Verão o mal das bebidas intoxicantes, e que a abstinência total é a única base em que o povo de Deus pode conscienciosamente colocar-se. -- Testimonies for the Church 7:75. Te 239 1 Nada de mensagens frouxas nestes tempos -- O conflito contra esse mal, que está destruindo a imagem de Deus no homem, deve ser vigorosamente mantido. A luta está diante de nós. Nenhuma mensagem frouxa terá influência nestes tempos. Deus considera nosso mundo como revoltado e corrupto, mas enviará Seus santos anjos para ajudar aqueles que se empenharem em destruir o culto desses ídolos. -- Carta 102a, 1897. Te 239 2 O mal [da intemperança] precisa ser enfrentado mais ousadamente no futuro do que tem sido no passado. -- The Youth's Instructor, 9 de Março de 1909. Te 239 3 Sermões de temperança em toda série de conferências nas cidades -- Na defesa da causa da temperança, devem multiplicar-se nossos esforços. O assunto da temperança cristã deve encontrar lugar em nossos sermões em todas as cidades em que trabalhamos. A reforma de saúde deve ser apresentada ao povo em todos os seus aspectos, e feitos esforços especiais para instruir os jovens, os de meia-idade e os idosos nos princípios do viver cristão. Reavive-se esse ângulo da mensagem, avance a verdade qual lâmpada resplandecente. -- Manuscrito 61, 1909. Te 239 4 Com argumentos convincentes e fortes apelos -- Em todas as nossas grandes reuniões precisamos apresentar a questão da temperança aos ouvintes com os mais vigorosos apelos, e mediante os argumentos mais convincentes. O Senhor deu-nos a obra de ensinar a temperança cristã sob o ponto de vista bíblico. -- Manuscrito 82, 1900. Te 239 5 Escolas de ensino acerca da saúde em seguida às reuniões públicas -- Grande obra há a fazer em apresentar ao povo os princípios da reforma de saúde. Devem-se realizar reuniões públicas para introduzir o assunto, e mantidas escolas em que as pessoas interessadas possam ouvir mais particularmente a respeito de nossos alimentos saudáveis, e de como se pode arranjar um regime alimentício bom para a saúde, nutritivo e apetecível, sem emprego de carne, chá e café. ... Te 240 1 Insisti na questão da temperança com toda a força da unção do Espírito Santo. Mostrai a necessidade de abstinência de toda bebida intoxicante. Mostrai o terrível dano causado no organismo humano pelo uso do fumo e do álcool. -- Evangelismo, 534. Te 240 2 Mostrai porque mudamos nossos hábitos dietéticos -- Devem-se realizar palestras explicando porque são essenciais reformas no regime, e mostrando que o uso de alimentos grandemente condimentados causa inflamação nas delicadas membranas dos órgãos digestivos. Mostre-se porque nós, como uns povo, mudamos nossos hábitos de comer e beber. Porque rejeitamos o fumo e toda bebida intoxicante. Exponde os princípios da reforma de saúde clara e plenamente, e com isto, ponha-se na mesa uma abundância de alimentos saudáveis, saborosamente preparados; e o Senhor vos ajudará a tornar impressiva a urgência da reforma, e levá-los-á a ver que esta reforma é para seu máximo bem. -- Medicina e Salvação, 286. Te 240 3 Fazer penetrar cabalmente -- Havendo nós mostrado ao povo que temos princípios corretos com relação à reforma de saúde, cumpre-nos aí levantar a questão da temperança em todos os seus aspectos, e fazê-la penetrar cabalmente. -- Carta 63, 1905. Te 240 4 Apresentai-a de maneira atrativa -- Apresentai os princípios de temperança em sua mais atrativa forma. Ponde em circulação os livros que instruem quanto à maneira saudável de viver. -- Testimonies for the Church 7:136. Te 240 5 A elevada norma para reuniões de temperança -- Grande cuidado cumpre tomar a fim de tornar as reuniões de temperança tão elevadas e enobrecedoras quanto possível. Evitai o trabalho superficial e tudo que seja de natureza teatral. Aqueles que compreendem o caráter sagrado desta obra hão de manter alta a norma. Há, porém, uma classe, que não tem verdadeiro respeito pela causa da temperança; seu único interesse é mostrar sua habilidade na plataforma. Os puros, os refletidos e aqueles que compreendem o assunto da obra, devem ser animados a trabalhar nesses grandes ramos de reforma. Talvez eles não sejam intelectualmente grandes, mas se forem puros e humildes, tementes a Deus e fiéis, o Senhor aceitará os seus labores. -- Testimonies for the Church 5:127. Te 241 1 Não trabalhar sozinho -- Uma pessoa não deve tentar fazer essa obra sozinha. Unam-se vários em tal empreendimento. Vão elas para a frente com uma mensagem celeste, imbuídas com o poder do Espírito Santo. ... Vejam homens e mulheres o mal de gastar dinheiro em satisfações que destroem a saúde da mente, da alma e do corpo. -- Evangelismo, 531. Te 241 2 Apresentar pela maneira indicada por Deus -- A abnegação, humildade e temperança requeridas dos justos, a quem Deus guia e abençoa especialmente, devem ser apresentadas ao povo em contraste com os hábitos extravagantes, destrutivos da saúde, daqueles que vivem neste século degenerado. Deus mostrou que a reforma de saúde está tão ligada com a mensagem do terceiro anjo como a mão está com o corpo. Não há em parte alguma tão grande causa de degenerescência física e moral em resultado da negligência desse importante assunto. Os que condescendem com o apetite e a paixão, e cerram os olhos à luz por temor de verem condescendências pecaminosas que eles não estão dispostos a abandonar, são culpados diante de Deus. Te 241 3 O perigo de desviar-se da luz -- Quem quer que se desvie da luz numa ocasião, endurece o coração para desprezar a luz sobre outros assuntos. Quem quer que violar obrigações morais na questão de comer e vestir, prepara o caminho para violar os reclamos de Deus no que respeita aos interesses eternos. ... Te 241 4 O povo a quem Deus está conduzindo será peculiar. Não serão semelhantes ao mundo. Mas se seguirem a guia de Deus cumprir-Lhe-ão os desígnios, e submeterão sua vontade à dEle. Cristo habitará em seu coração. O templo de Deus será santo. Vosso corpo, diz o apóstolo, é o templo do Espírito Santo. Te 242 1 Chamados à obediência das leis naturais -- Deus não requer de Seus filhos serem abnegados para dano de suas forças físicas. Requer deles que obedeçam à lei natural, preservem a saúde física. O caminho da Natureza é a estrada por Ele demarcada, e é suficientemente ampla para qualquer cristão. Com mão generosa proveu Deus ricas e variadas munificências para nosso sustento e fruição. Mas a fim de gozarmos o apetite natural, que conserva a saúde e prolonga a vida, Ele restringe o apetite. Diz Ele: Cautela; restringi, negai o apetite fora do natural. Caso criemos apetite pervertido, transgredimos as leis de nosso ser e assumimos a responsabilidade de maltratar nosso corpo e trazer doença sobre nós. -- Testimonies for the Church 3:62, 63. Te 242 2 Eficaz cunha de entrada -- Fui informada por meu guia de que os que crêem na verdade, não somente devem observar a reforma de saúde, mas também ensiná-la diligentemente a outros; pois será um instrumento pelo qual a verdade pode ser apresentada à atenção dos não crentes. Eles raciocinarão que, se temos idéias tão sãs relativamente à saúde e à temperança, deve haver em nossa crença religiosa alguma coisa digna de investigação. Se apostatarmos na reforma de saúde, perderemos muito de nossa influência para com o mundo lá fora. -- Evangelismo, 514. Te 242 3 Os sermões acerca da temperança atingirão a muitos -- Deve-se dispensar atento cuidado àqueles que se acham escravizados pelos maus hábitos. Eles devem ouvir discursos da Palavra de Deus relativamente à temperança cristã. Precisamos levá-los à cruz de Cristo. Pessoas que não entravam na igreja havia quase vinte anos, têm vindo a essas reuniões, e têm-se convertido. O resultado foi que deixaram o chá e o café, o fumo, a cerveja e as bebidas alcoólicas. Estupendas mudanças de caráter têm-se efetuado. Enquanto muitos recebem assim a luz, outros rejeitam-na, para sua eterna perdição. Este trabalho custa tempo e fatigantes esforços, e custa muita angústia de alma ver tantos ouvirem e compreenderem, mas, por causa da cruz, recusarem aceitar a Jesus Cristo. -- Manuscrito 52, 1900. Te 243 1 Trabalho pessoal em favor dos intemperantes -- Trabalhai pelos intemperantes e os fumantes, dizendo-lhes que nenhum bebedor herdará o reino de Deus, e que "não entrará nele coisa alguma que contamine". Mostrai-lhes o bem que podem fazer com o dinheiro que agora gastam com aquilo que só lhes causa dano. -- Medicina e Salvação, 268. Te 243 2 Trabalhar, orar, erguer -- A arruinada vítima da intemperança talvez se recuse a lançar mão da oportunidade de reconquistar sua varonilidade pelo rompimento com Satanás. Será menor vosso dever de lutar para despertar a alma morta em ofensas e pecados, fazendo tudo quanto o esforço humano pode fazer? Jesus operará maravilhosos prodígios, se tão-somente os homens fizerem a parte que lhes foi dada por Deus. Em sua própria força eles jamais poderão reaver almas do poder de Satanás. Unicamente a união com Cristo, pode realizar essa restauração. O homem precisa trabalhar, precisa orar, precisa erguer o desalentado e perdido por seu esforço humano, enquanto segura o braço do Poderoso, e luta como Jacó pela vitória. Seu clamor deve ser: Não posso, não Te deixarei ir se não me abençoares. -- Manuscrito 87, 1898. Te 243 3 Porque é vital a mensagem de temperança -- O cristão será temperante em tudo -- no comer, no beber, no vestir e em todos os aspectos da vida. "Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível." Não temos direito de condescender com qualquer coisa que redunde num estado mental que impeça o Espírito de Deus de impressionar-nos com o senso de nosso dever. É uma obra-prima da habilidade satânica colocar homens em situação em que dificilmente possam ser atingidos pelo evangelho. -- The Review and Herald, 29 de Agosto de 1907. Te 243 4 Leigos convidados a trabalho público de temperança -- Uma igreja que trabalha é uma igreja viva. Membros da igreja, deixai a luz brilhar. Sejam vossas vozes ouvidas em humilde oração, em testemunho contra a intemperança, a loucura e os divertimentos deste mundo, e na proclamação da verdade para o tempo atual. Vossa voz, vossa influência, o tempo -- tudo isso é dom de Deus, e deve ser empregado em ganhar almas para Cristo. Visitai vossos vizinhos, e mostrai interesse na salvação de sua alma. -- Medicina e Salvação, 332. Te 244 1 Domingo um dia de trabalhar em favor da temperança -- O domingo pode ser usado para desenvolver vários ramos de trabalho que muito efetuarão para o Senhor. ... Falai de temperança e de genuína vida religiosa. Aprendereis assim muito quanto à maneira de trabalhar, e alcançareis muitas almas. -- Testimonies for the Church 9:233. Te 244 2 Em reuniões campais -- Em labores nas reuniões campais, deve-se dar mais atenção ao ensino dos princípios de saúde e reforma de temperança; estas questões devem ocupar importante lugar em nossos esforços nesses tempos. Minha mensagem é: Educai, educai acerca da temperança. -- Manuscrito 65, 1908. Te 244 3 Em nossas igrejas -- Toda igreja necessita testemunho claro, incisivo, dando à trombeta um sonido certo. Se pudermos despertar as sensibilidades morais no que respeita a praticar temperança em todas as coisas, obter-se-á mui grande vitória. -- Manuscrito 59, 1900. Te 244 4 Preparai-vos para ensinar a outros -- Pergunto por que alguns de nossos irmãos do ministério se encontram tão atrasados na proclamação do exaltado tema da temperança. Por que não se manifesta maior interesse na reforma de saúde? -- Carta 42, 1898. Te 244 5 Devemos educar-nos, não só a viver em harmonia com as leis de saúde, mas a ensinar a outros a maneira melhor. Muitos, mesmo daqueles que professam crer nas verdades especiais para este tempo, são lamentavelmente ignorantes com relação à saúde e à temperança. Necessitam educar-se regra sobre regra, preceito sobre preceito. O assunto precisa ser conservado sempre novo diante deles. Esta questão não deve ser passada por alto como não sendo essencial; pois quase toda família necessita ser estimulada para esta questão. A consciência precisa ser despertada para o dever de praticar os princípios da verdadeira reforma. Deus requer que Seu povo seja temperante em tudo. ... Te 245 1 Não ser detido pelo ridículo -- Nossos pastores devem tornar-se inteligentes quanto a essa questão. Não a devem passar por alto, nem ser desviados por aqueles que os chamam extremistas. Verifiquem eles o que constitui genuína reforma de saúde, e ensinem seus princípios tanto por preceito quanto pelo exemplo tranqüilo e coerente. Em nossas grandes reuniões, devem-se dar instruções acerca da saúde e da temperança. Buscai despertar o entendimento e a consciência. Introduzi no serviço todo talento disponível, e secundai o trabalho com publicações relativamente ao assunto. "Educai, educai, educai", eis a mensagem que me tem sido inspirada com insistência. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 117. ------------------------Capítulo 56 -- Educação na temperança, objetivo de nossa obra médica Te 245 2 Fundados para pregar a verdadeira temperança -- Nossos sanatórios são fundados para pregar a verdade da genuína temperança. -- Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 162. Te 245 3 Apresentada do ponto de vista cristão -- Em nossos sanatórios, nossos pastores, que trabalham na palavra e na doutrina, devem fazer breves palestras sobre os princípios de temperança, mostrando que o corpo é o templo do Espírito Santo, e levando à memória do povo a responsabilidade que sobre eles impende como a possessão de Deus, comprada para fazer do corpo um templo santo, adequado a ser morada do Espírito Santo. Sendo comunicada esta instrução, o povo interessar-se-á na doutrina bíblica. Te 245 4 Importa também que seja apresentada a pestilência moral que está tornando os habitantes do mundo de hoje como os habitantes do mundo antes do dilúvio -- ousados, blasfemos, intemperantes e corruptos. Os pecados que se praticam estão tornando a Terra um antro de corrupção. Esses pecados precisam ser severamente repreendidos. Os que pregam devem erguer a norma de temperança do ponto de vista cristão. À medida que a temperança for apresentada como parte do evangelho, muitos verão sua necessidade de reforma. -- Manuscrito 14, 1901. Te 246 1 Médicos instruírem quanto à temperança -- Eles devem dar ao povo instruções acerca dos perigos da intemperança. Este mal precisa ser enfrentado com mais ousadia no futuro, do que tem sido até agora. Pastores e médicos devem expor os males da intemperança. Devem ambos trabalhar no evangelho com poder em condenar o pecado e exaltar a justiça. Os pastores e médicos que não fazem apelos pessoais ao povo, são remissos em seu dever. Deixam de cumprir a obra que Deus lhes tem designado. -- Testimonies for the Church 6:110. Te 246 2 Ensinar estrita temperança -- Quando um médico vê um doente sofrendo por moléstia ocasionada por alimentação imprópria, ou outros hábitos errôneos, e todavia deixa de dizer-lhe isto, está fazendo mal a seu semelhante. Ébrios, maníacos, os que se entregam à licenciosidade, todos apelam ao médico para que lhes declare positiva e claramente que o sofrimento é resultante do pecado. Os que compreendem os princípios da vida deviam ser zelosos em lutar para combater as causas das moléstias. Vendo o contínuo conflito com a dor, trabalhando constantemente para aliviar o sofrimento, como se pode o médico manter em silêncio? É ele benévolo e misericordioso se não ensina estrita temperança como o remédio contra a doença? -- A Ciência do Bom Viver, 114. Te 246 3 Defensor da saúde física e moral -- O verdadeiro médico é um educador. Ele reconhece sua responsabilidade, não somente para com o doente que se acha sob seu cuidado imediato, mas também para com a coletividade no meio da qual vive. Ocupa o lugar de um guardião tanto da saúde física como da moral. É seu esforço, não somente conseguir métodos corretos no tratamento dos enfermos, mas incentivar hábitos sãos de vida, e disseminar o conhecimento dos retos princípios. Te 247 1 Nunca foram mais necessários os conhecimentos dos princípios de saúde, do que o são na atualidade. Não obstante os maravilhosos progressos em tantos ramos relativos aos confortos e comodidades da vida, mesmo no que respeita a questões sanitárias e tratamento de moléstias, é alarmante o declínio do vigor físico e do poder de resistência. Isto reclama a atenção de todos quantos levam a sério o bem-estar de seus semelhantes. Te 247 2 Nossa civilização artificial está fomentando males que destroem os sãos princípios. Os costumes e as modas se acham em guerra com a natureza. As práticas a que eles obrigam, e as condescendências que fomentam, estão diminuindo rapidamente a resistência física e mental, e trazendo sobre a raça insuportável fardo. A intemperança e o crime, a doença e a miséria, encontram-se por toda parte. Te 247 3 Muitos transgridem as leis da saúde devido à ignorância, e necessitam instruções. A maioria, porém, sabe melhor do que aquilo que pratica. Estes precisam ser impressionados quanto à importância de tornar o conhecimento que têm um guia de vida. O médico tem muitas oportunidades, tanto de comunicar o conhecimento dos princípios da saúde, como de mostrar a importância de os pôr em prática. Mediante as devidas instruções, muito pode fazer para corrigir males que estão produzindo indizível dano. -- A Ciência do Bom Viver, 125, 126. Te 247 4 O sanatório uma força educativa -- Em toda a nossa obra de sanatórios e escolas, ocupem os assuntos pertencentes à reforma de saúde parte importante. O Senhor deseja tornar nossos sanatórios uma força educativa em todo lugar. Sejam eles grandes ou pequenas instituições, a responsabilidade é a mesma. A comissão do Salvador a nós é: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." -- Manuscrito 65, 1908. Te 248 1 Os doentes perderão a sensação de necessidade de estimulantes e narcóticos -- Devem ser ministradas em nossas instituições médicas claras instruções quanto à temperança. Deve-se mostrar aos doentes o mal das bebidas intoxicantes, e a bênção da abstinência total. Seja-lhes solicitado deixar essas coisas que lhes têm arruinado a saúde, e sejam elas substituídas por abundância de frutas. Te 248 2 E à medida que os doentes forem levados a desenvolver esforços físicos, o cérebro e os nervos fatigados serão aliviados, e água pura e a comida saudável e saborosa os restaurarão, e fortalecerão. Eles não sentirão necessidade de drogas e bebidas intoxicantes destruidoras da saúde. -- Carta 145, 1904. Te 248 3 Em ligação com restaurantes vegetarianos -- Devem estabelecer-se nas cidades restaurantes vegetarianos, e por eles será proclamada a mensagem de temperança. Façam-se arranjos para efetuar reuniões em ligação com nossos restaurantes. Sempre que for possível, haja uma sala onde os fregueses sejam convidados a palestras sobre a ciência da saúde e da temperança cristã, onde eles recebam instruções acerca do preparo de alimento saudável, e de outros importantes assuntos. Deve haver nessas reuniões oração e canto e palestras, não só relativamente a assuntos de saúde e temperança, mas também sobre outros temas bíblicos apropriados. Ao ser o povo ensinado na maneira de conservar a saúde física, achar-se-ão muitas oportunidades para semear as sementes do evangelho do reino. -- Testimonies for the Church 7:115. ------------------------Capítulo 57 -- A influência da pena Te 248 4 Escritos sobre temperança -- Temos uma obra a fazer juntamente com o ramo da temperança além de falar em público. Cumpre-nos apresentar nossos princípios em folhetos e em nossas revistas. -- Obreiros Evangélicos, 385. Te 249 1 Todo adventista divulgá-los -- A questão da temperança deve receber apoio do povo de Deus. A intemperança luta pela ascendência; cresce a satisfação própria, e são grandemente necessárias as publicações que tratam da reforma de saúde. Os escritos a esse respeito são a mão auxiliadora do evangelho, levando almas a examinar a Bíblia em busca de melhor compreensão da verdade. Importa fazer soar a nota de advertência contra o grande mal da intemperança; e para que isto possa ser feito, todo guardador do sábado deve estudar e observar as instruções contidas em nossas revistas de saúde, bem como os livros que tratam desse ponto. E devem fazer mais que isto; empregar diligentes esforços para pôr em circulação essas publicações entre seus vizinhos. -- Conselhos Sobre Saúde, 462. Te 249 2 Chegar ao povo onde ele se encontra -- A circulação de nossas publicações sobre saúde é obra importantíssima, na qual devem ter vivo interesse todos os que crêem nas verdades especiais para este tempo. Deus deseja que agora, como nunca dantes, a mente do povo seja profundamente agitada para investigar a grande questão da temperança e os princípios que fundamentam a genuína reforma de saúde. A vida física deve ser cuidadosamente educada, cultivada e desenvolvida, para que mediante homens e mulheres seja revelada a natureza divina em sua plenitude. Tanto as faculdades físicas como as mentais, com suas afeições, devem ser tão bem exercitadas, que possam atingir a mais alta eficiência. Reforma, contínua reforma, deve ser mantida diante do povo. ... Te 249 3 A luz dada por Deus acerca da reforma de saúde é para nossa salvação e salvação do mundo. Homens e mulheres devem ser informados com relação à habitação humana preparada por nosso Criador como Sua morada, e quanto à qual Ele deseja que sejamos mordomos fiéis. Estas grandes verdades precisam ser dadas ao mundo. Precisamos chegar ao povo onde ele se acha, e por exemplo e por preceito levá-los a ver as belezas do caminho melhor. ... Te 249 4 Ninguém pense que a circulação das revistas sobre saúde é questão de pouca importância. Todos devem lançar mão dessa obra com mais interesse, e fazerem maiores esforços nessa direção. Deus abençoará grandemente aqueles que dela se apoderarem com zelo; pois é uma obra que deve receber atenção neste tempo. Te 250 1 Os pastores podem e devem fazer muito para estimular a circulação das revistas de saúde. Todo membro da igreja deve trabalhar tão diligentemente por essas revistas como pelas nossas outras. ... Te 250 2 A circulação das revistas de saúde será poderoso instrumento no preparar o povo para aceitar aquelas verdades especiais que os devem aprontar para a próxima vinda do Filho do homem. -- Conselhos Sobre Saúde, 445-447. Te 250 3 Nosso povo lançar mão em toda parte -- Onde quer que estiverdes, fazei brilhar a vossa luz. Passai nossas revistas e folhetos àqueles com quem tiverdes contato, quando viajando de carro, visitando, conversando com os vizinhos; e aproveitai toda oportunidade para dizer uma boa palavra a seu tempo. O Espírito Santo tornará a semente produtiva em alguns corações. Te 250 4 Tenho palavras de animação a dizer em relação com o número especial [de temperança] do Watchman [Our Times], que a Southern Publishing House está para publicar. Regozijar-me-ei de ver nossas associações ajudarem nessa obra, tomando grande número dessa publicação para fazer circular. Não haja proibições quanto a esse esforço, mas levem todos a sério dar a esse número vasta circulação. Te 250 5 Não poderia haver melhor ocasião do que agora para um movimento dessa natureza, quando a questão da temperança está suscitando tão amplo interesse. Que nosso povo de toda parte decididamente faça ver qual nossa posição quanto à temperança. Faça-se tudo quanto for possível para disseminar vigorosos e estimulantes apelos quanto ao fechamento dos bares. Seja essa revista uma força para o bem. Nossa obra em benefício da temperança deve ser mais viva, mais decidida. -- The Review and Herald, 18 de Junho de 1908. Te 251 1 Nossa responsabilidade nesta hora solene -- Repousa sobre nós, a quem Deus deu grande esclarecimento, a solene responsabilidade de chamar a atenção de homens e mulheres pensantes para a significação da embriaguez e do crime dominantes, com os quais eles se acham tão familiarizados. Devemos apresentar-lhes à mente os textos escriturísticos que descrevem claramente as condições que hão de existir justamente antes da segunda vinda de Cristo. ... Te 251 2 Nestes tempos em que os jornais diários acham-se cheios de horríveis detalhes de revoltante embriaguez e crimes terríveis, há tendência de familiarizar-nos por tal forma com as condições existentes, que percamos de vista a significação dessas condições. Existe violência na Terra. Usa-se mais bebida intoxicante do que nunca dantes. A história dos crimes que daí resultam é amplamente dada pelos jornais. E todavia, apesar das muitas provas de crescente desrespeito à lei, os homens raramente se detêm para considerar seriamente o que essas coisas significam. Quase sem exceção, gabam-se os homens do esclarecimento e do progresso de nosso século. ... Te 251 3 Quão importante é que os mensageiros de Deus chamem a atenção dos estadistas, dos editores, dos homens pensantes de toda parte para a profunda significação da embriaguez e da violência que ora enchem a Terra de desolação e morte! Como fiéis colaboradores de Deus, precisamos dar claro, decidido testemunho quanto à questão da temperança. ... Te 251 4 Agora é nossa áurea oportunidade de cooperar com os seres celestes no esclarecer o entendimento dos que estão estudando o que quer dizer o rápido aumento do crime e da calamidade. Ao fazermos fielmente nossa parte, o Senhor abençoará nossos esforços para salvação de muitas almas preciosas. -- The Review and Herald, 25 de Outubro de 1906. Te 251 5 Ide com as mãos cheias de matéria para ler -- Publicações quanto à reforma de saúde chegarão a muitos que não verão nem lerão qualquer coisa acerca de importantes assuntos bíblicos. A satisfação de todo apetite pervertido está fazendo sua obra mortífera. A intemperança precisa ser enfrentada. Com esforço unido, inteligente, dai a conhecer os males de obscurecer as faculdades que Deus deu, com vinho e bebidas fortes. A verdade quanto à reforma de saúde precisa ir ao povo. Isto é essencial a fim de prender-lhes a atenção relativamente à verdade bíblica. Te 252 1 Deus requer que Seu povo seja temperante em tudo. A menos que pratiquem a temperança, eles não serão, não poderão ser santificados por meio da verdade. Seus próprios pensamentos e mentes se tornam depravados. Muitos dos que são considerados desenganadamente depravados, uma vez que sejam devidamente instruídos com relação a seus costumes contrários à saúde, hão de ser presos pela verdade. Poderão, assim, ser elevados, enobrecidos, santificados, idôneos vasos para uso do Mestre. Ide com as mãos cheias de matéria própria para ler, o coração cheio do amor de Cristo pela alma deles, procurando-os onde se encontram. -- Manuscrito 1, 1875. Te 252 2 Organizar e preparar para obra eficaz -- Precisamos trabalhar no interesse da reforma de temperança, e tornar isto questão de vivo interesse. Esta é uma maneira por que nos podemos tornar pescadores de homens. Boa obra está sendo efetuada na circulação de nossa literatura. Organizai-vos em grupos para a prossecução de uma obra vigilante. Aprendei a falar de tal maneira que não deis escândalo. Cultivai a gentileza no falar. Deixai que a graça de Cristo em vós habite ricamente, dirigindo-vos uns aos outros palavras de animação. Faço veemente apelo a todo o nosso povo: Enfileirai-vos, enfileirai-vos. -- Manuscrito 99, 1908. Te 252 3 Fazei soar a advertência -- O povo de Deus deve ser de espírito pronto, rápido para ver e aproveitar-se de toda oportunidade para levar avante a causa do Senhor. Têm uma mensagem a apresentar. Pela pena e pela voz devem fazer soar a nota de advertência. Apenas alguns darão ouvidos; alguns somente terão ouvidos para escutar. Satanás tem astuciosamente imaginado muitos meios de manter homens e mulheres sob sua influência. Leva-os a enfraquecer seus órgãos pela satisfação de apetite pervertido e pela condescendência com os prazeres mundanos. A bebida intoxicante, o fumo, o teatro e as corridas -- estes e muitos outros males estão entorpecendo as sensibilidades do homem, e fazendo com que multidões façam ouvidos moucos aos misericordiosos rogos de Deus. -- The Review and Herald, 23 de Junho de 1903. ------------------------Capítulo 58 -- O poder do voto Te 253 1 Nossas responsabilidades como cidadãos -- Ao passo que não nos devemos de maneira alguma envolver em questões políticas, é contudo nosso privilégio tomar decididamente posição em todas as questões relativas à reforma de saúde. Tenho dado a esse respeito muitas vezes, um claro testemunho. Em um artigo publicado na The Review and Herald, de 8 de Novembro de 1881, escrevi: ... Te 253 2 "Há uma causa para a paralisia moral que há na sociedade. Nossas leis mantêm um mal que está minando seus próprios fundamentos. Muitos deploram os erros que sabem existir, mas consideram-se isentos de qualquer responsabilidade na questão. Não pode ser assim. Todo indivíduo exerce uma influência na sociedade. Te 253 3 Todo votante tem voz -- "Em nossa terra favorecida, todo votante tem alguma voz no determinar que leis hão de reger a nação. Não devem essa influência e esse voto ser lançados ao lado da temperança e da virtude?... Te 253 4 "Podemos chamar os amigos da causa da temperança a unirem-se para o conflito e buscar repelir a onda do mal que está desmoralizando o mundo; de que proveito, porém, serão todos os nossos esforços enquanto a venda de bebidas alcoólicas for mantida por lei? Deve a maldição da intemperança repousar para sempre sobre nossa terra como uma praga? Deve ela cada ano assolar, qual fogo devorador, milhares de lares felizes? Te 253 5 Pela voz, pela pena e pelo voto -- "Falamos dos resultados, trememos pelos resultados, e cogitamos que podemos fazer com os terríveis resultados, ao passo que, com freqüência, toleramos e mesmo sancionamos a causa. Os defensores da temperança deixam de cumprir seu inteiro dever a menos que exerçam sua influência por preceito e exemplo -- pela voz e pela pena e pelo voto -- em favor da proibição e da abstinência total. Não necessitamos esperar que Deus opere um milagre para efetuar essa reforma, removendo assim a necessidade de esforçar-nos. Cumpre-nos agarrar-nos com esse gigante inimigo, tendo como divisa: Nenhuma transigência e nenhuma cessação de esforços de nossa parte até que seja obtida a vitória." -- The Review and Herald, 15 de Outubro de 1914. Te 254 1 A escolha de homens certos -- Homens intemperantes não devem, por voto do povo, ser colocados em posições de confiança. -- The Signs of the Times, 8 de Julho de 1880. Te 254 2 À mercê de homens intemperantes -- São votados para posições oficiais, muitos homens cuja mente se acha privada de seu pleno vigor pela condescendência com bebidas espirituosas, ou constantemente obscurecida pelo uso do narcotizante fumo. ... A paz de famílias felizes, a reputação, a propriedade, a liberdade, e mesmo a vida, acham-se à mercê de homens intemperantes em nossas salas do legislativo e em nossas cortes de justiça. Te 254 3 Por se entregarem à satisfação do apetite, muitos que uma vez foram retos, beneficentes, perdem sua integridade e o amor pelos semelhantes, e unem-se com os desonestos e libertinos, esposam-lhes a causa, e partilham de sua culpa. Te 254 4 Mal utilizada a sagrada prerrogativa como cidadãos -- Quantos desmerecem sua prerrogativa como cidadãos de uma república -- comprados por um copo de uísque para dar seu voto a algum candidato infame! Como classe, os intemperantes não hesitarão em usar de engano, suborno, e mesmo violência contra os que recusam ilimitada licença ao apetite pervertido. -- The Review and Herald, 8 de Novembro de 1881. Te 254 5 A responsabilidade dos cidadãos passivos -- Muitos emprestam sua influência ao grande destruidor, ajudando-o pela palavra e pelo voto a destruir a imagem moral de Deus no homem, não pensando nas famílias que são degradadas por causa de um apetite pervertido para a bebida. -- Manuscrito 87, 1898. Te 255 1 E aqueles que, mediante seu voto, sancionam o comércio das bebidas espirituosas, serão considerados responsáveis pela perversidade praticada pelos que se encontram sob a influência da bebida forte. -- Carta 243a, 1905. Te 255 2 Nossos pioneiros chegam a importante decisão -- [Página do diário de Ellen G. White em 1859.] "Assisti à reunião ao anoitecer. Tivemos uma reunião franca, interessante: À hora de terminar, a questão de votar foi considerada demoradamente. Tiago falou primeiro, depois o irmão Andrews, e foi por eles considerado melhor pôr sua influência a favor do direito e contra o erro. Acham ser justo votar a favor dos homens da temperança que ocupam lugares oficiais em nossa cidade em vez de, por seu silêncio, correrem o risco de verem os intemperantes ocuparem os postos. O irmão Hewett conta sua experiência de alguns dias antes, e acha que é direito dar o seu voto. O irmão Hart fala a favor. O irmão Lyon opõe-se. Ninguém mais faz objeção, mas o irmão Kellogg começa a achar que é direito. Há entre todos os irmãos sentimentos cordiais. Oh! que todos procedam no temor de Deus! * Te 256 1 "Homens favoráveis à intemperança estiveram no escritório hoje, exprimindo lisonjeadoramente sua aprovação à atitude de observadores do sábado que não votavam, e exprimiram esperanças de que eles ficassem firmes a sua orientação e, como os quakers, não dessem seu voto. Satanás e seus anjos maus estão atarefados neste tempo, e ele tem obreiros na Terra. Oxalá seja ele decepcionado, é a minha oração." -- E. G. White em seu diário, no domingo 6 de Março de 1859. Te 256 2 A lição dos reinos antigos -- A prosperidade de uma nação depende da virtude e inteligência de seus cidadãos. Para assegurar essas bênçãos, são indispensáveis hábitos de estrita temperança. A história dos reinos antigos acha-se repleta de lições de advertência para nós. O luxo, a satisfação do próprio eu e as extravagâncias, preparavam o caminho para sua queda. Resta ver se nossa própria república se deixará advertir por seu exemplo, evitando a sorte deles. -- Obreiros Evangélicos, 388. ------------------------Capítulo 59 -- O chamado à ceifa Te 256 3 É tempo de trabalharmos -- Agora, irmãos e irmãs, não é tempo de trabalharmos? Não é tempo de despertarmos as capacidades a nós dadas por Deus, adquirirmos o santo zelo que até aqui não tivemos? E não é tempo de erguer-nos como Calebe, ir à frente, alçar a voz e clamar contra os relatórios que estão circulando ao nosso redor? Não somos nós capazes de possuir a terra? Em Deus somos capazes de realizar poderosa obra no sentido da temperança. -- Manuscrito 3, 1888. Te 256 4 Quem ajudará? -- Em todo o nosso redor encontram-se as vítimas do apetite depravado, e que fareis por elas? Não podeis, por vosso exemplo, ajudá-los a porem o pé na senda da temperança? Podeis ter um senso das tentações que estão sobrevindo à juventude a crescer ao nosso redor, sem buscar adverti-los e salvá-los? Quem se colocará ao lado do Senhor? Quem ajudará a rechaçar esta onda de imoralidade, de misérias e ruínas, que está enchendo o mundo? -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 40. Te 257 1 Nossa época de oportunidade -- O mundo está sendo escravizado por intemperança de toda sorte, e os que são nestes dias verdadeiros educadores, os que instruem no sentido da abnegação e do sacrifício, receberão a sua recompensa. Agora é nosso tempo, agora é nossa oportunidade para realizar uma obra abençoada. -- Medicina e Salvação, 25. Te 257 2 Somos responsáveis -- Somos tão responsáveis por males que poderíamos haver reprimido em outros pela reprovação, pela advertência, pelo exercício da autoridade paterna ou pastoral, como se fôssemos nós mesmos culpados desses atos. -- Testimonies for the Church 4:516. Te 257 3 Reavivar a obra da temperança -- A causa da temperança necessita ser reavivada como ainda não o foi. -- The Review and Herald, 14 de Janeiro de 1909. Te 257 4 Anos atrás considerávamos a difusão dos princípios de temperança como um de nossos mais importantes deveres. Assim deve ser hoje em dia. -- Obreiros Evangélicos, 384. Te 257 5 Caso a obra pró-temperança fosse levada avante por nós como foi iniciada trinta anos atrás;* caso em nossas reuniões campais apresentássemos diante do povo os males da intemperança no comer e no beber, e em especial os males de tomar álcool; fossem essas coisas apresentadas em relação com os sinais da próxima vinda de Cristo, haveria uma sacudidura entre o povo. Se mostrássemos zelo proporcional à importância das verdades que temos em mãos, poderíamos ser instrumentos em salvar centenas, ou milhares da ruína. -- Testimonies for the Church 6:111. Te 257 6 Caso fizéssemos compreender a nosso povo quanto se acha em jogo, e buscássemos redimir o tempo perdido, pondo agora alma e coração e energias na causa da temperança, grande bem se manifestaria em resultado. -- Carta 78, 1911. Te 257 7 Com Deus, somos maioria -- Dizeis: Estamos em minoria. Não é Deus uma maioria? Se estamos ao lado do Deus que fez o céu e a Terra, não estamos nós do lado da maioria? Temos os anjos, magníficos em poder, ao nosso lado. -- Manuscrito 27, 1893. Te 258 1 Com nossas débeis mãos humanas, não podemos fazer senão pouco; temos, porém, infalível Ajudador. É preciso não esquecermos que o braço de Cristo pode alcançar às profundezas da miséria e degradação humanas. Ele nos pode dar auxílio para vencer mesmo esse terrível demônio da intemperança. -- Christian Temperance and Bible Hygiene, 21. Te 258 2 Os campos prontos para a ceifa -- Em todo lugar, deve a questão da temperança ser tornada mais preeminente. A embriaguez e o crime que sempre a acompanham, demandam que ergamos a voz para combater esse mal. Cristo vê abundante messe esperando por ser recolhida. Almas estão famintas da verdade, sedentas da água da vida. Muitos se encontram no próprio limiar do reino, só à espera de serem recolhidos. Não pode o povo que conhece a verdade enxergar? Não ouvirão a voz de Cristo dizendo: "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que Eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." -- Carta 10, 1899. ------------------------Apêndice A -- Ellen G. White, obreira pró-temperança Te 259 1 Comissionada a falar sobre a temperança -- Eu devia também falar acerca da temperança, como indicada mensageira do Senhor. Tenho sido chamada a muitos lugares para falar quanto à temperança perante grandes assembléias. Fui por muitos anos conhecida como oradora sobre a temperança. -- Manuscrito 140, 1905. Te 259 2 Regozijo-me porque tenho tido o privilégio de dar meu testemunho quanto a esse assunto perante compactas assembléias em muitos países. Falei muitas vezes acerca desse assunto a grandes congregações em nossas reuniões campais. -- Carta 78, 1911. Te 259 3 O plano de apresentação -- Deixamos a trilha batida do conferencista popular, e traçamos a origem da predominante intemperança até ao lar, à mesa da família, e à satisfação do apetite da criança. Alimentos estimulantes suscitam o desejo de estimulantes mais fortes ainda. O menino cujo gosto é assim viciado, e a quem não é ensinado o domínio de si mesmo, será o ébrio ou o escravo do fumo de amanhã. O assunto foi abordado sobre esta base ampla; e indicado o dever dos pais no exercitarem seus filhos nos retos pontos de vista da vida e suas responsabilidades, e no colocarem o fundamento para seu correto caráter cristão. Para ser bem-sucedida, a grande obra da reforma de temperança, precisa começar em casa. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1877. Te 259 4 Grande reunião pró-temperança em Kokomo, Indiana -- O redator do Kokomo Dispatch achava-se no local, no sábado. Posteriormente ele publicara notícias de que devíamos falar ao povo acerca de temperança cristã no recinto do acampamento, no domingo à tarde. ... Três trens de excursão despejaram sua carga viva no local. O povo aqui é muito entusiasta com respeito à questão da temperança. Às 2:30 da tarde, falamos a umas oito mil pessoas, relativamente à temperança, encarando-a do ponto de vista moral e cristão. Fomos abençoados com notável clareza e fluência, e eu fui ouvida com a máxima atenção por parte do grande auditório. -- The Review and Herald, 23 de Agosto de 1877. Te 260 1 Apresentação da temperança em Salém, Oregon -- Domingo, 23 de Junho [1873], falei na igreja metodista de Salém [Oregon] sobre a temperança. A assistência foi extraordinariamente boa, e senti-me à vontade no apresentar este assunto favorito para mim. Fui solicitada a falar outra vez no mesmo lugar no domingo seguinte à reunião campal, mas fui impedida em virtude de encontrar-me afônica. Na seguinte terça-feira à noite, entretanto, falei novamente nessa igreja. Muitos convites me foram estendidos para falar sobre a temperança em várias cidades e vilas de Oregon, mas meu estado de saúde impediu-me de satisfazer essas solicitações. Te 260 2 [Em princípios de Agosto de 1878] paramos em Boulder City [Colorado] e contemplamos com prazer nossa tenda de reuniões, onde o Pastor Cornell estava realizando uma série de conferências. ... A tenda fora tomada emprestada para reuniões de temperança e, por especial convite, falei a um recinto cheio de atentos ouvintes. Se bem que fatigada pela viagem, o Senhor ajudou-me a apresentar com êxito perante o povo a necessidade de observar estrita temperança em tudo. -- Testimonies for the Church 4:290-297. Te 260 3 Unicamente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esta espécie de ministério -- quantas almas, enfermas de dúvida, e cansadas de mundanismo e de inquietação, têm sido levadas ao Grande Médico que almeja salvar perfeitamente todos quantos forem a Ele! Cristo é um Salvador ressuscitado, e há cura debaixo de Suas asas. -- Testimonies for the Church 6:111. Te 261 1 Unir-nos com outros para ajudar os semelhantes -- Falei, na noite que se seguiu ao sábado, no Washingtonian Hall.* ... Aí falei novamente no domingo à tarde, sobre a questão da temperança, a uma boa congregação, que escutou com o mais profundo interesse. Tive facilidade e poder ao apresentar Jesus, que tomou sobre Si mesmo as enfermidades e levou os pesares e dores da humanidade, e venceu em nosso favor. ... Te 261 2 Ao fim da reunião, foi-me concedida uma apresentação ao presidente do Washingtonian Home. Ele me agradeceu em nome da família e dos amigos pelo prazer de ouvir as observações feitas. Fui cordialmente convidada a visitá-los quando passasse outra vez por Chicago, e eu lhe disse que me consideraria privilegiada em fazê-lo. Sentia-me grata de que tivera oportunidade de apresentar a temperança do ponto de vista cristão perante os moradores desse lar para ébrios, onde eles são assistidos no sentido de vencer o forte hábito que está ligando a tantos em quase desesperada escravidão. Fui informada de que entre os que são obrigados a buscar sua amigável ajuda, acham-se advogados, médicos e mesmo ministros. -- The Review and Herald, 10 de Fevereiro de 1885. Te 261 3 Respostas animadoras -- Falo muito decididamente nesse assunto [temperança], e ele exerce notável influência em outros espíritos. Com freqüência é dado o testemunho: "Não tenho usado nenhum fumo, nem vinho ou qualquer narcótico estimulante desde aquele discurso que a senhora fez sobre a temperança." Agora, dizem eles: "Preciso prover-me de esclarecidos princípios de ação; pois quero que os outros conheçam os benefícios que recebi. Esta reforma envolve grandes conseqüências para mim e todos com quem me ponho em contato. Escolherei a melhor parte, trabalhar com Cristo sobre assentados princípios e objetivos, para ganhar a coroa da vida como vencedor." -- Carta 96, 1899. Te 262 1 Demo-nos, em nossas reuniões públicas na Austrália, a cuidados especiais para apresentar claramente os princípios fundamentais da reforma pró-temperança. Em geral, quando eu falava ao povo aos domingos, meu tema era saúde e temperança. Durante algumas das reuniões campais, eram diariamente dadas instruções nesse assunto. Em vários lugares o interesse despertado quanto a nossa atitude no que respeita ao uso de estimulantes e narcóticos levou os amigos da temperança a assistirem a nossas reuniões e aprenderem mais das várias doutrinas de nossa fé. -- Manuscrito 79, 1907. Te 262 2 Contatos com as obreiras da U.T.M.C. em Melbourne -- O Dr. M. G. Kellogg veio a minha tenda a ver se eu queria ter uma entrevista com a presidente e a secretária da U.T.M.C. Convidamo-las a nossa tenda, e tivemos muito aprazível palestra. A presidente é estrita vegetariana, não havendo provado carne há quatro anos. Apresenta um semblante sereno que honra seus hábitos abstêmios. A secretária é uma jovem senhora. São ambas inteligentes. Manifestam profundo interesse em tudo quanto têm ouvido. Pediram que eu falasse no belo salão em que realizam suas reuniões, e pediram ao irmão Starr para escrever para sua revista de temperança. Te 262 3 A presidente exprimiu veemente desejo de que nos harmonizemos na obra pró-temperança. "Podem estar certos", disseram elas, "de que entraremos por toda porta que se abra para nós para que façamos brilhar a nossa luz para outros." Elas pareciam grandemente satisfeitas ao verem e ouvirem e se convencerem de que os frutos do Espírito são possuídos e revelados por este povo. Dei a cada uma delas um exemplar de Christian Temperance, a uma o Conflito dos Séculos e à outra Patriarcas e Profetas. -- Manuscrito 2, 1894. Te 262 4 Prosseguindo com a educação sobre temperança -- O capitão Press e sua esposa, a presidente da U.T.M.C. de Victoria, achavam-se presentes. A Sra. Press visitara-me em minha tenda na reunião campal, e mostrou pressa de que eu falasse em sua sociedade. Após o discurso, no domingo, ela foi ter comigo e, segurando-me a mão, disse: "Agradeço-lhe por aquele discurso. Vejo muitos pontos novos, que fizeram duradoura impressão em meu espírito. Nunca perderei a força desses pontos." Te 263 1 Fui apresentada a seu marido, homem de mui nobre aspecto. Ele é piloto, e ocupa importante posição. O irmão Starr e esposa almoçaram com eles, e formaram agradável relação. A Sra. Press, em nome da U.T.M.C., fez calorosa solicitação de instruções acerca da cozinha saudável. Combinamos ter uma escola de culinária em Melbourne, na sala anexa ao salão da U.T.M.C. Devem ser dadas quatro aulas, uma por semana, a começar da quinta-feira próxima. Em cada lição deve ser ensinado o preparo de oito pratos. Suscitou-se grande entusiasmo acerca desse assunto. A Sra. Press é vegetariana, não havendo provado carne há quatro anos. Te 263 2 Bem, nossas reuniões em Williamstown são freqüentadas pela melhor classe. O Sr. Press e a esposa assistiram a algumas das reuniões no acampamento, e dizem que a Bíblia é agora um novo livro para eles. Reconhecem que ela se acha plena de verdades preciosas, que constituem um banquete para a alma. -- Manuscrito 6, 1894. Te 263 3 Mantendo as relações -- A Sra. Press, presidente da U.T.M.C. de Victoria, e a Sra. Kirk, secretária, sua irmã e duas senhoras idosas, com a sobrinha da Sra. Press, jantaram conosco. Conhecemos a Sra. Press e a Sra. Kirk em Melbourne; elas têm estado agora assistindo a uma convenção de temperança em Sydney. Tivemos aprazível entrevista, e agora elas partiram em seu carro a ver a região, enquanto reinicio meu trabalho de escrever. Tenho esperança de que essas irmãs sejam trazidas ao conhecimento da verdade. Almejamos ver os que são inteligentes convertidos, e colocando-se ao lado da reivindicação da verdade. -- Manuscrito 30, 1893. Te 264 1 Reuniões de temperança ao ar livre em Nova Zelândia -- Alguns dos ouvintes ficaram muito entusiasmados quanto ao assunto. O prefeito, o chefe de polícia, e vários outros, disseram que havia sido com vantagem o melhor discurso sobre temperança que já haviam ouvido. Declaramo-lo um "sucesso", e resolvemos fazer reunião semelhante na tarde do domingo seguinte. Se bem que o céu estivesse nublado e ameaçasse chuva, fomos favorecidos, e tive mais ouvintes que no domingo anterior. Houve grande número de jovens que escutavam como estupefatos. Alguns estavam tão solenes como o sepulcro. Foi um tempo especial. Houvera dois dias de corridas de cavalo, e uma exposição de gado. Isto excitara a tal ponto o povo, que receei não termos bom auditório. A exposição agropecuária havia sido falada por semanas, fazendo-se preparativos para ela. Bem, esta foi minha oportunidade de falar àqueles a quem eu não teria tido ensejo de me dirigir, não houvesse sido uma ocasião assim especial. Te 264 2 Um jovem de cerca de dezessete anos, chorou como criança enquanto li um artigo acerca da maneira por que um jovem da mesma idade fora seduzido para entrar em um bar, e tomara seu primeiro copo de bebida alcoólica, tendo esta o efeito que sempre produz -- enlouqueceu-lhe o cérebro. Depois de tomar essa bebida o jovem não se lembrava de nada quanto ao que ocorreu. Surgira uma contenda nesse bar, e encontrou-se na mão do moço uma faca que tirara a vida de uma criatura humana, sendo-lhe imputado o crime de homicídio, e ele foi condenado a cinco anos de prisão. Era um artigo comovente, e trouxe lágrimas a muitos olhos, tanto de velhos como de novos. -- Carta 68, 1893. Te 264 3 Presa a atenção pela singular maneira de apresentar -- Meu assunto era temperança, tratado do ponto de vista cristão -- a queda de Adão, a promessa no Éden, a vinda de Cristo a nosso mundo, Seu batismo, Sua tentação no deserto e Sua vitória. E tudo isso para dar ao homem outra oportunidade de prova, tornando-lhe possível vencer em seu próprio benefício, para seu próprio proveito, mediante os méritos de Jesus Cristo. Cristo veio trazer ao homem poder moral a fim de que seja vitorioso em vencer as tentações sobre o apetite, e quebrar a cadeia da servidão de hábitos e condescendência com o apetite pervertido, e avançar na força moral de um homem, e o registro celeste dá-lhe em seus livros o crédito de um homem à vista de Deus. Te 265 1 Isso era tão diverso de qualquer coisa que eles já haviam ouvido sobre a temperança, que foram mantidos como suspensos. -- Manuscrito 55, 1893. Te 265 2 Uso eficaz da escritura e do canto -- Falei à tarde acerca da temperança, tomando como texto o primeiro capítulo de Daniel. Todos ouviram atentos, parecendo surpreendidos de ouvir a temperança apresentada pela Bíblia. Depois de deter-me na integridade e firmeza dos cativos hebreus, pedi ao coro que cantasse "Meu irmão, intenta ser como Daniel, com resolução lutar, vencer o mal cruel". As inspiradoras notas deste hino soavam vindas dos cantores no coro, os quais eram acompanhados pela congregação. Retomei então minha palestra, e sei que antes de eu haver terminado, muitos dos presentes possuíam melhor compreensão do significado da temperança cristã. O Senhor deu-me facilidade e Sua bênção, e soleníssima impressão foi deixada em muitos espíritos. -- Carta 42, 1900. Te 265 3 Satisfazendo a uma solicitação da U.T.M.C. -- Durante uma série de reuniões efetuadas em fins de 1899, em Maitland, Nova Gales do Sul, fui solicitada pela presidente da filial da U.T.M.C. em Maitland a falar-lhes uma noite. Ela disse que teriam muito prazer em me ouvir, ainda que eu falasse apenas por uns dez minutos. Perguntei se os dez minutos que me propunham falar era todo o tempo permitido, porque às vezes o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu tinha mais que um discurso de dez minutos a apresentar. "Oh!", disse ela, "seu povo me disse que a senhora não falava à noite, e eu especifiquei dez minutos como o tempo, julgando que não conseguiria que a senhora viesse, se indicasse mais. Quanto mais tempo a senhora puder falar-nos, tanto mais gratas lhe seremos." Te 266 1 Perguntei à Sra. Winter, a presidente, se ela tinha por costume ler um trecho da Escritura no início da reunião. Ela disse que sim. Pedi então o privilégio de orar, que me foi de boa vontade concedido. Falei-lhes com espontaneidade durante uma hora. Algumas das mulheres ali presentes naquela noite assistiram posteriormente às reuniões na tenda. -- Manuscrito 79, 1907. ------------------------Apêndice B -- Típicas palestras sobre temperança por Ellen G. White Capítulo 1 -- Em Cristiânia, Noruega -- 1886 Te 267 1 No domingo, por solicitação do presidente da sociedade de temperança, falei sobre esse assunto. A reunião teve lugar no ginásio militar dos soldados, o maior salão da cidade. Foi colocada sobre o púlpito, à guisa de pálio, a bandeira americana, atenção que apreciei grandemente. Havia umas seiscentas pessoas ali reunidas. Entre elas, um bispo da igreja oficial, com uma porção de clérigos; grande parte da assembléia pertencia à melhor classe da sociedade. Te 267 2 A maneira de tratar -- Iniciei o assunto do ponto de vista religioso, mostrando que a Bíblia está cheia de histórias referentes à temperança, e que Cristo relacionou-Se com a obra da temperança, já desde o princípio. Foi pela condescendência com o apetite que nossos primeiros pais pecaram e caíram. Cristo redimiu o fracasso do homem. No deserto da tentação Ele resistiu à prova em que o homem falhara. Enquanto Ele estava a sofrer a mais cruciante tortura da fome, fraco e emagrecido pelo jejum, estava ao lado Satanás com suas múltiplas tentações para assaltar o Filho de Deus, para aproveitar-se de Sua fraqueza e vencê-Lo, impedindo assim o plano da salvação. Cristo, porém, foi firme. Venceu em favor da raça, a fim de podê-los salvar da degradação da queda. Mostrou que, em Seu poder, é possível vencermos. Jesus Se compadece da fraqueza humana; veio à Terra a fim de trazer-nos força moral. Ainda que forte a paixão ou o apetite, é-nos possível ganhar a vitória, porque podemos ter força divina para unir a nossos fracos esforços. Aqueles que fogem para Cristo, terão uma fortaleza no dia da tentação. Te 268 1 A advertência da história bíblica -- Mostrei a importância dos hábitos temperantes mediante citações de advertências e exemplos da história bíblica. Nadabe e Abiú eram homens que ocupavam posições santas; mas, pelo uso do vinho sua mente ficou tão obscurecida que não puderam distinguir entre as coisas sagradas e as comuns. Por oferecerem "fogo estranho", menosprezaram o mandamento de Deus, e foram mortos por Seus juízos. Por meio de Moisés, o Senhor proibiu expressamente o uso de vinho e bebida forte pelos que deviam ministrar nas coisas santas, para que pudessem "fazer diferença entre o santo e o profano", e pudessem ensinar "os estatutos que o Senhor lhes tem falado". O efeito das bebidas intoxicantes é enfraquecer o corpo, confundir a mente, e aviltar a moral. Todos quantos ocupavam posições de responsabilidade deviam ser homens estritamente temperantes, a fim de que sua mente fosse clara para discriminar entre o direito e o erro, e assim pudessem possuir firmeza de princípios, e sabedoria para administrar justiça e mostrar misericórdia. Te 268 2 Esse mandamento direto e solene devia-se estender de geração a geração, até ao fim do tempo. Em nossos salões legislativos e cortes de justiça não menos que em nossas escolas e igrejas, necessitam-se homens de princípios; homens que se dominem a si mesmos, de vivas percepções e juízo são. Se a mente fica nublada ou os princípios são rebaixados pela intemperança, como pode o juiz dar uma justa decisão? Tornou-se incapaz de pesar as evidências ou entrar em investigação crítica; ele não possui força moral para erguer-se acima dos motivos de interesse próprio ou da influência da parcialidade ou do preconceito. E por isso talvez uma vida humana seja sacrificada, ou um inocente privado de sua liberdade ou do seu bom nome que é mais caro que a própria vida. Deus proibiu que aqueles a quem Ele confiou sagrados depósitos como mestres ou governadores do povo se incapacitem assim para os deveres de sua elevada posição. Te 269 1 Instruções a Manoá e a Zacarias -- Há lição para os pais nas instruções dadas à mulher de Manoá, e a Zacarias, pai de João Batista. O anjo do Senhor trouxe as novas de que Manoá devia ser pai de um filho que devia libertar a Israel; e, em resposta à ansiosa pergunta: "Como se há de criar o menino, e que fará ele?" o anjo deu especiais direções para a mãe: "De nenhum produto da vinha poderá ela comer, não beba vinho nem bebida que possa embriagar, e não coma cousa alguma imunda. Guarde tudo quanto lhe ordenei." [Trad. Brasileira.] A criança será afetada, para bem ou mal, pelos hábitos da mãe. Ela própria deve ser controlada por princípios, e precisa observar temperança e abnegação, caso busque o bem-estar de seu filho. E os pais da mesma maneira que as mães são incluídos nessa responsabilidade. Ambos transmitem os próprios característicos, mentais e físicos, suas disposições e apetites, a seus filhos. Em resultado da intemperança paterna, são os filhos muitas vezes carecidos de força física e de capacidade mental e moral. Os bebedores de bebidas alcoólicas e os amantes do fumo transmitem sua insaciável sede, o sangue inflamado e os nervos irritados em herança a seus descendentes. E como os filhos têm menos poder para resistir à tentação do que o tiveram seus pais, cada geração cai mais baixo que a anterior. Te 269 2 A indagação de cada pai e mãe deve ser: "Que faremos à criança que nos há de nascer?" Muitos são inclinados a tratar esse assunto levianamente, mas o fato de que um anjo do Céu foi enviado àqueles pais hebreus duas vezes com instruções dadas da maneira mais explícita e solene, mostra que Deus o considera de grande importância. Te 269 3 Quando o anjo Gabriel apareceu a Zacarias, predizendo o nascimento de João Batista, foi esta a mensagem que trouxe: [Ele] "será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo". Deus tinha importante obra para o prometido filho de Zacarias; obra que demandaria mente ativa e vigorosa ação. Ele precisava possuir constituição física sã, e resistência mental e moral; e era para assegurar-lhe essas qualificações necessárias que seus hábitos deviam ser cuidadosamente regulados já desde a infância. Os primeiros passos na intemperança são muitas vezes dados na meninice e adolescência; mui diligentes esforços, portanto, devem ser dirigidos no sentido de esclarecer os pais quanto a sua responsabilidade. Os que põem vinho e cerveja em sua mesa estão cultivando nos filhos o apetite para a bebida forte. Insisto em que os princípios de temperança sejam introduzidos em todos os detalhes da vida doméstica; que o exemplo dos pais seja uma lição de temperança; que a abnegação e o domínio próprio sejam ensinados aos filhos e feitos respeitar por eles o quanto possível, mesmo desde o berço. Te 270 1 A juventude índice da sociedade futura -- O futuro da sociedade é indicado pela juventude de hoje. Neles vemos os futuros mestres, legisladores e juízes, os dirigentes e o povo que determinam o caráter e o destino da nação. Quão importante, pois, é a missão dos que devem formar os hábitos e influenciar a vida da geração nascente! Lidar com a mente é a maior obra que já foi confiada a homens. O tempo dos pais é demasiado valioso para ser gasto na satisfação do apetite ou na perseguição de riquezas ou das modas. Pôs-lhes Deus nas mãos a preciosa mocidade, não somente para ser preparada para um lugar de responsabilidade nesta vida, mas para as cortes celestes. Cumpre-nos manter em vista a vida futura, e trabalhar de maneira que, ao chegarmos às portas do Paraíso, possamos dizer: "Eis-me aqui, com os filhos que me deu o Senhor." Te 270 2 Mas no trabalho de temperança há deveres impendentes sobre os jovens, os quais ninguém pode fazer por eles. Ao passo que os pais são responsáveis pelo cunho de caráter bem como quanto à educação e preparo que dão a seus filhos e filhas, ainda permanece verdade que nossa posição e utilidade no mundo dependem, em alto grau, de nossa própria conduta. Te 271 1 Daniel, um nobre exemplo -- Em parte alguma encontraremos ilustração mais compreensiva e eloqüente da verdadeira temperança e das bênçãos que a acompanham do que na história do jovem Daniel e seus companheiros na corte de Babilônia. Quando eles foram escolhidos para ser instruídos nas letras e na língua dos caldeus, para "viverem no palácio do rei", este lhes determinou "a ração de cada dia, da porção do manjar do rei, e do vinho que ele bebia". "E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia." Não somente esses mancebos declinaram o beber o vinho do rei, mas abstiveram-se das iguarias de sua mesa. Obedeceram à lei divina, tanto a natural como a moral. A seus hábitos de renúncia aliavam-se a sinceridade de propósito, a diligência e a firmeza. E os resultados manifestam a sabedoria de sua orientação. Te 271 2 Deus honra sempre o direito. Os jovens mais promissores de todas as terras sujeitadas pelo grande conquistador, haviam-se reunido em Babilônia; todavia entre todos eles, os cativos hebreus não tinham rival. A figura ereta, o passo firme e flexível, o semblante sereno, mostrando a pureza do sangue, os sentidos não embotados, o hálito incontaminado -- tudo era testemunho dos bons hábitos, insígnia de nobreza com que são honrados pela Natureza aqueles que são obedientes a suas leis. E quando sua capacidade e suas aquisições foram provadas pelo rei ao fim daqueles três anos de preparo, nenhum foi achado "como Daniel, Hananias, Misael e Azarias". Sua pronta percepção, sua linguagem escolhida e correta, seus extensos e variados conhecimentos, testificaram do equilíbrio de resistência e do vigor de suas faculdades mentais. Te 272 1 A história de Daniel e seus companheiros foi registrada nas páginas da Palavra Inspirada para benefício da juventude de todos os séculos que se sucedessem. Todos os que quisessem conservar equilibradas suas faculdades para o serviço de Deus, precisariam observar estrita temperança no uso de todas as Suas generosas dádivas, bem como abstinência total de todas as satisfações prejudiciais ou aviltantes. O que homens têm feito, homens podem fazer. Ficaram aqueles nobres hebreus firmes em meio de grande tentação, e deram nobre testemunho em favor da verdadeira temperança? A juventude de hoje pode dar testemunho semelhante, mesmo sob circunstâncias assim desfavoráveis. Oxalá fossem eles estimulados pelo exemplo daqueles jovens hebreus; pois todos quantos quiserem podem, como eles, fruir o favor e as bênçãos de Deus. Te 272 2 Dinheiro que poderia haver feito bem -- Há ainda outro aspecto da questão da temperança, que devia ser cuidadosamente considerado. Não somente é o uso de estimulantes contrários à natureza, desnecessário e pernicioso, como é extravagante e esbanjador. Uma soma imensa é assim dissipada a cada ano. O dinheiro gasto com fumo sustentaria todas as missões do mundo; os meios mais do que desperdiçados com bebidas fortes, educariam a mocidade ora sendo levada pela corrente para uma vida de ignorância e de crime, e prepará-la-ia para realizar nobre serviço para Deus. Milhares e milhares de pais existem que gastam seu ordenado na satisfação do próprio eu, roubando a seus filhos o alimento e a roupa, bem como os benefícios da educação. E multidões de professos cristãos estimulam essa prática mediante seu exemplo. Que prestação de contas será feita a Deus por tais desperdícios de Sua munificência? Te 272 3 O dinheiro é um dos dons a nós confiados para alimentar o faminto, vestir o nu, atender ao aflito, e transmitir o evangelho aos pobres. Como, porém, é tal obra negligenciada! Quando o Senhor vier para ajustar as contas com Seus servos, não dirá a muitos: "Quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim"? Em todo o nosso redor há trabalho a fazer para Deus. Nossos meios, nosso tempo, nossas forças e influências, são necessários. Lançaremos nós mãos dessa obra, e viveremos para glorificação de Deus e bênção a nosso semelhante? Edificaremos o reino de Deus na Terra? Te 273 1 Há necessidade agora de homens como Daniel -- homens que possuam a abnegação e a coragem de ser radicais reformadores pró-temperança. Cuide cada cristão de que seu exemplo e influência estejam do lado da reforma. Sejam os ministros do evangelho fiéis em fazer soar ao povo as advertências. E lembrem-se todos de que nossa felicidade em dois mundos depende do justo aproveitamento de um deles. -- Historical Sketches of Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 207-211. Capítulo 2 -- Uma palestra acerca da temperança -- 1891 Te 273 2 Satanás foi o primeiro rebelde no Universo, e sempre, desde sua expulsão do Céu, tem estado em busca de tornar todo membro da família humana apóstata de Deus, assim como ele próprio. Ele fez seus planos para arruinar o homem, e mediante ilícita satisfação do apetite, levou-o a transgredir os mandamentos de Deus. Tentou Adão e Eva a participarem do fruto proibido, efetuando-lhes assim a queda, e sua expulsão do Éden. Quantos dizem: "Se eu estivesse no lugar de Adão, nunca haveria transgredido numa prova tão simples." Vós, que assim vos jactais, porém, tendes grande oportunidade de mostrar vossa força de propósitos, vossa fidelidade aos princípios sob prova. Prestais obediência a todo mandamento de Deus? Não vê Deus nenhum pecado em vossa vida? Te 273 3 Quem dera que a queda de Adão e Eva houvesse sido a única! Mas desde a perda do Éden até aos nossos dias, tem havido uma sucessão de quedas. Satanás planejou arruinar o homem desviando-o da lealdade aos mandamentos de Deus, e um de seus mais bem-sucedidos métodos é o de tentá-lo a satisfazer o apetite pervertido. Vemos por toda parte sinais da intemperança do homem. Em nossas cidades e vilas acha-se um bar em cada esquina, e vemos no semblante de seus freqüentadores a terrível obra de ruína e destruição. Por todo lado, busca Satanás seduzir os jovens para a vereda da perdição; e, se consegue uma vez levar-lhes os pés para esse caminho, incita-os avante em sua carreira descendente, levando-os de uma à outra dissipação, até que suas vítimas perdem a sensibilidade de consciência, não mais tendo diante dos olhos o temor de Deus. Exercem cada vez menos domínio próprio. Ficam habituados ao uso do vinho e do álcool, do fumo e do ópio, e vão de um a outro estágio de aviltamento. São escravos do apetite. O conselho que uma vez respeitavam, aprendem a desprezar. Tomam uma atitude jactanciosa, e gabam-se de liberdade quando se acham servos da corrupção. Têm por liberdade o serem escravos do apetite e da licenciosidade egoístas e baixos. Te 274 1 Prossegue o conflito -- Grande conflito está em andamento no mundo. Satanás está decidido a ter sob sua sujeição a raça humana, mas Cristo pagou preço infinito para que o homem seja redimido do inimigo, e para que a imagem moral de Deus seja restaurada na raça caída. Instituindo o plano da salvação, tornou Deus manifesto que Ele avalia o homem em preço infinito; Satanás, porém, está buscando anular esse plano impedindo o homem de satisfazer as condições em que é proporcionada a salvação. Te 274 2 Quando Cristo começou Seu ministério, curvou-Se nas margens do Jordão, e dirigiu ao Céu uma petição em favor da raça humana. Ele fora batizado por João, e os céus se abriram, o Espírito de Deus, em forma de pomba, circundou-O, e ouviu-se do Céu uma voz que dizia: "Este é Meu Filho amado, em quem Me comprazo." A oração de Cristo por um mundo perdido foi ouvida, e todos quantos nEle crêem são aceitos no Amado. Homens caídos podem, por meio de Cristo, encontrar acesso ao Pai, podem ter graça para habilitá-los a ser vencedores mediante os méritos do Salvador crucificado e ressuscitado. Te 275 1 A significação da vitória de Cristo -- E pelo Espírito foi Jesus, depois de Seu batismo, levado ao deserto. Ele tomara sobre Si a humanidade, e Satanás gabava-se de que O havia de vencer, como vencera os homens fortes dos séculos passados, e assediou-O com as tentações que haviam causado a queda do homem. Era neste mundo que se deveria decidir o grande conflito entre Cristo e Satanás. Caso o tentador lograsse vencer Cristo num ponto sequer, o mundo teria de ser deixado a perecer. Satanás teria poder de ferir a cabeça do Filho de Deus; a semente da mulher, porém, devia ferir a cabeça da serpente: Cristo devia fazer malograr o príncipe das potestades das trevas. Por quarenta dias jejuou Cristo no deserto. Para que foi isto? Havia acaso qualquer coisa no caráter do Filho de Deus que demandasse tão grande humilhação e sofrimento? Não, Ele era inocente. Toda essa humilhação e acerba agonia foram sofridas por amor do homem caído, e jamais poderemos compreender o ofensivo caráter do pecado de satisfazer o apetite pervertido a não ser que compreendamos o sentido espiritual do longo jejum do Filho de Deus. Jamais poderemos compreender a força e servidão do apetite enquanto não discernirmos o caráter do conflito do Salvador no vencer a Satanás, colocando assim o homem em terreno vantajoso, onde, pelos méritos do sangue de Cristo, Ele pode ser capaz de resistir às potestades das trevas, vencendo em seu próprio benefício. Te 275 2 Depois do longo jejum, Cristo estava extenuado pela fome, e, em Sua fraqueza, Satanás acossou-O com as mais ferozes tentações. "E disse-Lhe o diabo: Se Tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão." Satanás apresentou-se como mensageiro de Deus, alegando que Deus vira a voluntariedade do Salvador para colocar-Se na senda da abnegação, e não era exigido dEle sofrer mais humilhação e dor, mas que podia ser liberto do terrível conflito que se achava diante dEle como o Redentor do mundo. Tentou persuadi-Lo de que Deus tinha em vista apenas provar-Lhe a fidelidade, que agora Sua lealdade estava plenamente manifesta, e que estava na liberdade de usar Seu poder divino para satisfazer Suas necessidades. Cristo, porém, discerniu a tentação, e declarou: "Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus." Te 276 1 Quando tentado para ilícita satisfação do apetite, deveis lembrar o exemplo de Cristo, e permanecer firme, vencendo como Ele venceu. Deveis responder, dizendo: "Assim diz o Senhor", e dessa maneira liquidar para sempre a questão com o príncipe das trevas. Se parlamentardes com a tentação, e usardes vossas próprias palavras, sentindo-vos suficientes, cheios de importância, sereis vencidos. As armas que Cristo usou foram as palavras de Deus: "Está escrito"; e se manejardes a espada do Espírito, também vós podereis sair vitoriosos pelos méritos de vosso Redentor. Te 276 2 Satanás mais bem-sucedido com o homem -- As três tentações principais por que o homem é assediado, foram resistidas pelo Filho de Deus. Ele recusou ceder ao inimigo no ponto do apetite, da ambição, e do amor do mundo. Mas Satanás é mais bem-sucedido quando assalta o coração humano. Induzindo os homens a ceder a suas tentações, pode obter domínio sobre eles. E por nenhuma espécie de tentações consegue ele maior êxito do que mediante as dirigidas contra o apetite. Caso ele possa reger o apetite, regerá o homem todo. Te 276 3 Há unicamente dois poderes que dominam a mente dos homens -- o poder de Deus e o de Satanás. Cristo é o Criador e Redentor do homem; Satanás é seu inimigo e seu destruidor. Aquele que se entregou a Deus edificar-se-á para a glória de Deus, no corpo, na alma e no espírito. O que se entregou ao controle de Satanás derriba-se a si mesmo. Muito homem vende a razão por um copo de bebida alcoólica, e torna-se uma ameaça a sua família, sua vizinhança e seu país. Seus filhos escondem-se quando ele volta para casa, e sua desalentada esposa teme encontrar-se com ele, pois sua saudação a ela são golpes cruéis. Gasta o dinheiro em bebida forte, enquanto os filhos e a esposa sofrem necessidades. Te 277 1 Satanás leva as vítimas do apetite a atos de violência. O bebedor de álcool é homem de paixões vigorosas e facilmente excitáveis, e qualquer desculpa trivial é tornada causa de rixa; e quando sob a influência da paixão, o bêbado não poupará seu melhor amigo. Quantas vezes ouvimos falar de homicídio e atos de violência, e verificamos que a origem principal é o hábito da bebida! Te 277 2 Bebidas brandas -- Há pessoas que professam ser defensoras da temperança, e que ainda condescendem com o uso do vinho e da sidra, alegando que esses estimulantes são inofensivos, e mesmo salutares. É assim que muitos dão o primeiro passo na vereda da embriaguez. Produz-se tão verdadeiramente a intoxicação pelo vinho e a sidra, como pelas bebidas mais fortes, e essa é a pior qualidade de embriaguez. As paixões são mais perversas; a transformação de caráter é maior, mais determinada e obstinada. Alguns copos de sidra ou de vinho podem despertar o gosto das bebidas mais fortes, e em muitos casos os que se tornaram bêbados inveterados lançaram assim a base do hábito de beber. Te 277 3 Não é absolutamente seguro, para as pessoas que herdaram a sede dos estimulantes, terem vinho e sidra em casa; pois Satanás os está continuamente solicitando a satisfazer seu desejo. Caso elas cedam à tentação, não saberão onde parar; a sede reclama satisfação, e é atendida para ruína delas. O cérebro fica obscurecido, a razão deixa de manter as rédeas, e deixa-as à mercê da concupiscência. Avoluma-se a licenciosidade, e vícios de toda casta são praticados em resultado da condescendência com a sede de vinho e de sidra. Impossível é à pessoa que ama esses estimulantes e se habitua a usá-los, crescer em graça. Ela se torna grosseira e sensual; as paixões animais regem as faculdades superiores da mente, e a virtude não mais é cultivada. Te 278 1 O beber moderado é a escola em que os homens se educam para a carreira de ébrio. Tão grandemente Satanás conduz para longe da fortaleza da temperança, tão insidiosamente exercem o vinho e a sidra sua influência no gosto, que entram na senda da embriaguez sem o suspeitar. É cultivado o gosto pelos estimulantes; desorganiza-se o sistema nervoso; Satanás mantém a mente numa febre de desassossego; e a pobre vítima, imaginando-se perfeitamente segura, vai mais e mais adiante, até que se rompem todas as barreiras, sendo sacrificados todos os princípios. São minadas as mais fortes resoluções, e os interesses eternos são demasiado fracos para conter o aviltado apetite sob o controle da razão. Alguns nunca ficam realmente embriagados, mas encontram-se sempre sob a influência dos intoxicantes brandos. Estão febris, instáveis de mente, não propriamente delirantes, mas positivamente desequilibrados; pois as mais nobres faculdades da mente são pervertidas. Te 278 2 Também o fumo -- Também os que usam o fumo estão enfraquecendo suas faculdades físicas e mentais. O uso do fumo não tem fundamento na natureza. Esta rebela-se contra esse narcótico, e quando o que o usa a princípio procura forçar esse hábito fora do natural em seu organismo, trava-se renhido conflito. O estômago, e em verdade todo o organismo, revoltam-se contra a abominável ação, mas o malfeitor persevera até que a natureza desiste da luta, e o homem se torna escravo do fumo. Te 278 3 Fosse a salvação oferecida ao homem em termos tão duros de suportar, Deus seria considerado como um senhor inclemente. Satanás é um senhor desapiedado, e requer que seus súditos sofram provas rigorosas, e se tornem escravos da paixão e do apetite; Deus, ao contrário, é coerente em todas as Suas reivindicações, e pede de Seus filhos apenas aquilo que agirá em favor de sua felicidade presente e eterna. Te 278 4 "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Este é o mandamento de Deus, e todavia quantos, mesmo dos que professam ser Seus servos, são devotos do fumo, e dele fazem um ídolo! Quando os homens deviam estar ao ar livre, com hálito puro, louvando a Deus por Seus benefícios, estão poluindo a atmosfera com a fumaça do cachimbo ou do cigarro. Precisam passar pela prova do fumo a fim de estimular os pobres nervos relaxados como preparo para os deveres do dia; pois se não tivessem seu fumo, ficariam irritados e incapazes para controlar os pensamentos. Te 279 1 Ele não tivera seu fumo -- Como ilustração da incapacidade dos fumantes para dominar seus sentidos quando sem esse estímulo, relatarei uma ocorrência que me veio ao conhecimento. Um senhor idoso que foi outrora meu vizinho, era um grande fumante; certa manhã, porém, não fumara como de costume, ao entrar eu em sua casa para apanhar um livro que lhe emprestara. Em vez de ir buscar o livro que eu pedia, ele me entregou um freio. Em vão procurei fazê-lo compreender o que eu queria; tive de ir-me embora sem o livro. No dia seguinte, fui outra vez, e fiz o mesmo pedido, e ele imediatamente me passou o livro. Perguntei-lhe então por que não me entregara o livro na véspera. Ele disse: "Como, a senhora esteve aqui ontem? Não me lembro. Ah, já sei qual foi a dificuldade -- eu não fumara!" Eis o efeito causado em sua mente quando ele estava sem o estimulante. Seu médico lhe dissera que devia deixar de usá-lo, do contrário, não poderia viver. Ele o abandonou, mas toda a sua vida daí em diante sofreu o constante anseio do costumado estímulo; tinha de travar contínua batalha. Te 279 2 Quando já contava noventa anos, foi visto um dia a procurar alguma coisa. Ao perguntarem-lhe que queria, respondeu: "Eu estava procurando meu fumo." Sofria sem ele, e todavia haveria sido a morte para ele, continuar a usá-lo. Te 279 3 Um meio de livramento -- Deus requer que Seus filhos se mantenham livres de hábitos tão fora do natural, tão desastrosos. Quando o homem se acha ligado a essas cadeias, porém, não há nenhum meio de escape? Sim, o Senhor Jesus morreu a fim de que, mediante os méritos de Sua vida e morte, possam os homens ser vencedores. Ele também é capaz de salvar perfeitamente aos que por Ele se chegam a Deus. Veio à Terra de modo a poder aliar o poder divino com o esforço humano, e pela cooperação com Cristo, pondo a vontade de lado de Deus, o escravo pode ficar livre, e ser herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. Te 280 1 Sensibilidades morais embotadas pelo vinho -- Nos dias de Israel, quando foi instituído o serviço do santuário, o Senhor instruiu de que só fogo sagrado devia ser empregado para queimar o incenso. O fogo sagrado fora ateado pelo próprio Deus, e o suave aroma representava as orações do povo ao ascenderem perante Deus. Nadabe e Abiú eram sacerdotes do santuário, e se bem que não fosse lícito usar fogo comum, esses sacerdotes, ao irem à presença de Deus, tiveram a presunção de acender seu incenso com fogo não consagrado. Os sacerdotes haviam estado a condescender com o uso do vinho, e suas sensibilidades morais foram embotadas; não discerniram o caráter de suas ações, nem avaliaram o que seriam as terríveis conseqüências de seu pecado. Um fogo acendeu-se do santo dos santos, e consumiu-os. Te 280 2 Depois da destruição de Nadabe e Abiú, o Senhor falou a Arão, dizendo: "Vinho nem bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; e para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo; e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés." Os sacerdotes e juízes de Israel deviam ser homens de estrita temperança, para que sua mente fosse clara para discriminar entre o direito e o erro, para que possuíssem firmeza de princípios, e sabedoria para administrar juízo e mostrar misericórdia. Te 280 3 Se os homens fossem estritamente temperantes -- Que aperfeiçoamento haveria em nossa própria terra se essas ordens fossem cumpridas, se homens em posições sagradas e judiciais vivessem por toda palavra que sai da boca de Deus! Não sabe o Senhor, que fez o homem, o que é melhor para ele, o que é mais conducente a seus interesses espirituais e eternos? Deus trabalha para o máximo bem de Suas criaturas. Se os homens fossem estritamente temperantes, não teríamos a décima parte das mortes que temos, e os sofrimentos físicos e mentais seriam grandemente diminuídos. Haveria incomparavelmente menos acidentes em terra e mar. É porque o homem quer fazer o que lhe apraz em vez de se submeter aos mandos de Deus, que há tanto mal no mundo. Te 281 1 Deus nos deu leis pelas quais viver, mas hoje, como nos dias de Noé, a imaginação do coração do homem é má e só má continuamente; os homens andam segundo os desejos e invenções de seu coração, cavando assim a própria ruína. Deus quereria que os homens permanecessem na varonilidade que lhes foi dada por Ele, livres da servidão dos apetites. Te 281 2 Como podem os homens confiar nas decisões de jurados habituados ao uso de bebidas alcoólicas e do fumo? Se eles são chamados a decidir num importante caso quando privados de seus estimulantes habituais, não podem exercer a mente de maneira sã; não se encontram em condições de fazer julgamento inteligente; e de que valeria sua decisão? Te 281 3 Os homens que ocupam posições de responsabilidade devem ser homens de temperança e integridade, e especialmente devem aqueles a quem são confiadas funções judiciais, ser homens de hábitos sóbrios, para que possam fazer justiça, sem que sua parcialidade seja prejudicada por suborno ou preconceito. Quão vastamente diversa, porém, é a condição de nossos negócios judiciais e governamentais daquela que seria possível ser mediante a obediência aos mandamentos de Deus! Bebidas, fumo, baixa moral, levam os homens a tratar traiçoeiramente com seu semelhante. Te 281 4 Tentação de todo lado -- Há de todo lado tentações para nossos rapazes, bem como para os amadurecidos. Tanto na América como na Europa, os lugares de vício e destruição são tornados atrativos por exibições e música, para que pés incautos sejam levados à armadilha. Tudo quanto é possível se faz no intuito de seduzir os jovens para esses lugares. Que se fará para salvar nossa juventude? Cristo fez imenso sacrifício, tornou-Se pobre para que, mediante Sua pobreza enriquecêssemos e tivéssemos a vida que corre paralela à vida de Deus, e havemos nós de não fazer nenhum sacrifício para salvar aqueles que se estão arruinando ao redor de nós? Que estamos nós fazendo pela causa da temperança, para salvar hoje a nossos jovens? Quem se encontra ao lado de Cristo, como cooperador de Deus? Te 282 1 Pais, estais vós ensinando vossos filhos a vencer? Estais buscando rechaçar a onda de mal que ameaça avassalar nossa terra? Mães, estais fazendo vossa obra como educadoras? Estais ensinando a vossos filhos, em sua infância, hábitos de domínio próprio e de temperança? Não espereis até que a paixão os segure em suas férreas ligaduras, mas levai-os a Deus agora, ensinai-lhes que Jesus os ama, que o Céu tem direitos sobre eles. Ponde, na mocidade, suas mãos nas mãos de Cristo, para que Ele os possa guiar para cima. Mães, despertai para vossas responsabilidades morais, e trabalhai por vossos filhos como quem tem de por eles dar contas. Cumpre-nos fazer alguma coisa para deter a onda do mal, para que as crianças e os jovens não sejam arrebatados para a perdição. Precisamos ser vencedores, e ensinar nossos filhos a vencer. Te 282 2 Cristo venceu em nosso favor -- No deserto da tentação, passou Cristo pelo terreno em que Adão caiu. Iniciou Sua obra onde começou a ruína, e no ponto do apetite venceu Ele o poder do maligno em nosso favor. Satanás deixou o campo como inimigo vencido, e ninguém é escusado de entrar na batalha ao lado do Senhor, pois não há razão por que o homem não seja vencedor se confiar em Cristo. "A quem vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Te 283 1 Pelos méritos de Cristo devemos ser purificados, refinados, redimidos, sendo-nos dado um lugar com Ele em Seu trono. Poderia a um homem ser conferida maior honra que esta? Poderíamos nós aspirar coisa maior? Se formos vencedores, declara Cristo: "De maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos." -- The Signs of the Times, 22/29 de Junho e 6 de Julho de 1891. Capítulo 3 -- Em Sydney, Austrália -- 1893 Te 283 2 "E como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será também no dia em que o Filho do homem se há de manifestar." Lucas 17:26-30. Ora, sabemos que a intemperança se encontra por toda parte em nosso mundo. Não há pecado em comer e beber para manter-nos fisicamente, e em fazer aquilo que é para nosso bem espiritual. Mas, quando perdemos de nossos cálculos a eternidade, e levamos essas coisas necessárias ao excesso, então entra o pecado. Vemos por toda parte tal crime, tal iniquidade! Não é tempo de começarmos a considerar quanto a nós mesmos? Temos almas a salvar ou a perder. Deus criou nossos primeiros pais e colocou-os no Paraíso. Ele fez apenas uma restrição. "Do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais." Eles perderiam a vida, se não obedecessem à restrição. Te 283 3 Satanás é representado pela serpente. O tentador está em toda parte, de todo lado, e quando Deus diz não, qual é o resultado? Em muitos casos em lugar de obedecer à voz da advertência, escutam à do tentador. E em vez de todas as atrações que Satanás apresenta, elas encerram infortúnio e miséria. Adão e Eva haviam recebido tudo quanto requeriam suas necessidades, mas ouviram ao tentador e desobedeceram a Deus. Te 284 1 Quando Deus veio inquirir de Adão, ele lançou a culpa sobre Eva. Deus disse: "E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." O inimigo não vos pode tocar a menos que lho permitais. Mas aqui está a inimizade que Deus pôs contra a serpente. Não há inimizade entre os homens maus e os anjos, mas há inimizade entre os que servem ao Senhor e as hostes das trevas. Te 284 2 Uma questão tremendamente importante -- A questão da temperança é de tremenda importância para cada um de nós. É de vasto alcance. Falei vinte e uma vezes sucessivas sobre esse tema, e apenas o toquei. Aqui, porém, devemos tratar apenas de algumas idéias. Quando este primeiro sermão evangélico foi proferido no Éden pelo próprio Deus, foi como uma estrela de esperança para iluminar o negro futuro, desolador. O par no Éden não devia ser deixado a uma ruína sem esperança. Te 284 3 Quando Cristo veio a nosso mundo como uma criancinha em Belém, os anjos cantaram: "Glória a Deus nas alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens." "E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo. Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor." Te 284 4 Satanás com toda a sua sinagoga -- pois Satanás professa ser religioso -- determinaram que Cristo não devia executar os conselhos do Céu. Depois de Cristo ser batizado, curvou-Se nas margens do Jordão; e nunca dantes ouvira o Céu tal oração como a que saiu de Seus lábios divinos. Cristo tomou sobre Si nossa natureza. A glória de Deus, em forma de uma pomba de ouro polido, pousou por sobre Ele e, da infinita glória, foram ouvidas estas palavras: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." A raça humana acha-se circundada pelo braço humano de Cristo, ao passo que com o braço divino Ele segura o trono do Infinito. A oração de Cristo fendeu as trevas e penetrou aonde está Deus. Isto quer dizer, para cada um de nós, que o Céu se nos acha aberto. Quer dizer que as portas estão abertas de par em par, que a glória é comunicada ao Filho de Deus e a todos quantos crêem em Seu nome. Nossa petição será ouvida no Céu, assim como Deus respondeu à petição de nosso Penhor, nosso Substituto, o Filho do infinito Deus. Te 285 1 Cristo experimentou as três principais tentações -- Cristo entrou no deserto com o Espírito de Deus sobre Si, para ser tentado pelo diabo. O inimigo devia tentar o Filho de Deus. Cristo foi tentado com as três principais tentações com que o homem é assediado. Te 285 2 "E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, sendo quarenta dias tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome. E disse-Lhe o diabo: Se Tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus." Ali estava o Filho do infinito Deus, e Satanás veio a Ele como um anjo de luz. Aí tentou-O no ponto do apetite. Cristo estava faminto e em necessidade de alimento. Por que não operou Ele este milagre? Isto não estava no plano de Deus, pois Cristo não devia operar nenhum milagre em Seu próprio benefício. Em que posição Se achava Ele? Estava passando pelo terreno em que Adão caiu. Adão tinha tudo que sua necessidade exigia. Terrível era a fome de Cristo, e tudo de que precisava era alimento. O diabo foi derrotado nesta tentação. Te 285 3 "Então o diabo O transportou à cidade santa, e O colocou sobre o pináculo do templo, e disse-Lhe: Se Tu és o Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo; porque está escrito: Que aos Seus anjos dará ordens a Teu respeito; e tomar-Te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o Teu pé em pedra." Por que deixou ele fora a outra parte, que diz: "Para Te guardarem em todos os Teus caminhos?" Enquanto Cristo estivesse nos caminhos de Deus, mal algum poderia sobrevir-Lhe. Jesus disse a respeito de Satanás: "e ele nada tem em Mim". Esta tentação de Satanás a Cristo foi uma ousadia. Disse Satanás: "Se" Tu és o Filho de Deus. Que se haveria ganho se Cristo fizesse como Satanás Lhe pedia? Nada. Cristo enfrenta-o com "Está escrito". Satanás viu que nada podia fazer aí. Te 286 1 Agora ele O tenta em outro ponto. Faz passar diante dEle o mundo todo em sua grandeza, e Satanás quer que Cristo Se curve diante dele. Satanás tinha poder sobre toda a família humana. "Novamente O transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-Lhe: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares." A divindade irradiou através da humanidade, e Cristo disse: "Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Satanás deixou o terreno como inimigo vencido. Nosso Salvador atravessou o campo e saiu vitorioso. Estava desfalecendo no campo de batalha. Não havia um seio em que reclinasse a cabeça, nem mão a Lhe passar na fronte. Anjos vieram e O serviram. Auxílio assim podemos nós reclamar. Cristo viu que era impossível o homem vencer em seu próprio benefício. Veio para trazer-lhe força moral. Isto é nossa única esperança. Te 286 2 Vitória por meio de Cristo -- Vemos a importância de vencer o apetite. Cristo venceu, e podemos obter vitória como Ele o fez. Ele passou pelo campo, e há vitória para o homem. Que fez Ele pela família humana? Elevou o homem na escala do valor moral. Podemos tornar-nos vitoriosos por meio de nossa Suficiência. Em Cristo, há esperança para o mais desesperançado. "Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? nesse caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal." "Vinde então, e argüí-Me, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados sejam como escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Aí temos as ricas promessas de Deus. Para que veio Cristo aqui? Para representar o Pai. Que coração de amor e simpatia! Veio para trazer vida eterna, quebrar toda cadeia. Quando Deus deu Seu Filho, deu o Céu inteiro. Não podia dar mais. Te 287 1 O valor de uma alma -- "O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas novas aos mansos: enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e abertura de prisão aos presos." Ele é a única pessoa que tinha poder para fazer isto. Aqui foi pago o grande preço pelas almas imersas no pecado. O homem deve ser de valor. Cristo o valoriza. Tomando a natureza humana, Cristo mostra que dá valor a cada alma. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." Eis o valor que Deus dá ao homem, e diz ainda: "Farei que um homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir." Deus, porém, não faz nada sem a cooperação do instrumento humano. Te 287 2 Obscurecido pela intemperança -- "E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor. E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim, e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se. ... E falou o Senhor a Arão, dizendo: Vinho nem bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações; e para fazer diferença entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo." A mente de Nadabe e Abiú estava obscurecida por causa da intemperança, e em lugar de tomar o fogo que Deus lhes havia ordenado, tomaram fogo comum, e Deus destruiu-os. Houvessem eles se conservado livres de vinho, e haveriam distinguido a diferença entre o sagrado e o profano. Foram, porém, diretamente em contrário ao mandado de Deus. Te 288 1 Causa de acidentes -- Lemos de desastres em vapores, e acidentes em estradas de ferro, e qual é a causa? Em muitos, muitos casos, alguém tinha a mente obscurecida por bebida intoxicante. Não sentiu o peso da responsabilidade que sobre ele repousava. Muitas, muitas vidas se têm perdido porque alguém se embriagou. Assim vidas serão debitadas ao homem que pôs a garrafa nos lábios de seu próximo. Te 288 2 Nos tempos antigos, quando um homem possuía um animal bravo, pagava por ele. Diz (Êxodo 21:28, 29): "E se algum boi escornear homem ou mulher, que morra, o boi será apedrejado certamente, e a sua carne se não comerá; mas o dono do boi será absolvido. Mas se o boi dantes era escorneador, e o seu dono foi conhecedor disso, e não o guardou, matando homem ou mulher, o boi será apedrejado, e também o seu dono morrerá." Te 288 3 Ora, queremos levar esse princípio diretamente àqueles que preparam o mortal veneno. Eis a lei que o Deus do Céu deu para regular o que fazer com animais escorneadores. Cristo está procurando salvar, e Satanás destruir. Peço-vos, a vós que tendes faculdades de raciocínio, que penseis nessas coisas. O homem que se acha intoxicado, está privado da razão. Satanás penetra e toma posse dele e o imbui de seu espírito; e seu primeiro desejo é ferir e matar alguns de seus queridos. E todavia os homens permitem que essa coisa maldita prossiga -- o que rebaixa os homens mais que os animais. Que obteve o ébrio? Coisa alguma senão um cérebro humano enlouquecido. E aqui as leis são tais que a tentação se encontra sempre diante deles. Te 289 1 Aquele vendedor de bebidas terá de responder por todos os pecados do ébrio, e este terá de dar contas de seus atos. Sua única esperança é lançar sua alma sobre o Salvador crucificado e ressuscitado. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Que diz Cristo? Vós "sois colaboradores de Deus". Cristo veio para devolver ao homem poder moral. Aqui, vemos as paixões humanas destruindo os seres humanos. Ali, está nossa juventude sendo tentada. A mente de muitos está sendo absorvida com jogos e corridas de cavalos. Que Deus nos ajude a despertar. Te 289 2 Os que se acham nos conselhos legislativos não devem beber vinho nem bebida forte. Necessitam de cérebros claros para que possam ter razão penetrante e bem definida. O destino da vida humana está em seu poder, se este ou aquele homem terá a pena de morte, ou receberá outra punição. Ouvimos falar de uma bebedeira nas cortes de justiça. Tiveram eles um cérebro claro e vistas voltadas unicamente para a glória de Deus? A natureza é deformada no homem. Cristo veio para elevar. "Não toques, não proves", devia ser a vossa divisa. Deveis ser temperantes no comer. A bebida, porém, deixai-a em paz. Não toqueis nela. Não pode haver temperança em seu uso. Satanás arrasaria a família humana. Cristo veio redimir, elevar o homem, pois tomou sobre Si a nossa natureza. Te 289 3 Começar com as crianças -- Pais, deveis despertar ao dever a vós dado por Deus. Ensinai a obediência a vossos filhos. Muitos perderam o respeito pelo pai e a mãe. Eles terão por seu Pai celestial tanto respeito quanto por seus próprios pais. Ensinai vossos filhos. Dai-lhes lições quando criancinhas em vossos braços. Ao fazerdes isto, anjos se acharão ao vosso redor. Quando aquelas fatigadas mães não sabiam que fazer com seus filhos, pensaram que os deviam levar a Jesus. E ao começar uma mãe, e dizer a outra: "Quero que Jesus abençoe meus filhos", então outra se lhe juntava, e ainda outra, e assim por diante, até que um pequeno grupo foi ter com Jesus com suas crianças. Ao chegarem onde estava Jesus, Ele percebeu o ruído. Sabia quando haviam saído. Jesus Cristo simpatizou com essas mães. Ao levarem elas seus pequeninos a Jesus, Ele disse: "Deixai vir os meninos a Mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus." Pais, lançai mão do oferecimento; as portas se acham abertas de par em par. Te 290 1 O tom de voz que empregais é um meio de educar vossos filhos. Ninguém jamais conhece todas as dificuldades ocasionadas pelas pequeninas mãos. Mães, existe Alguém que sabe tudo -- isto é, o Deus do Céu. Todo dia que cumpris vossos deveres, mães, são escritas ao lado de vossos nomes as palavras "Vencedora por Cristo Jesus". Que barreiras ireis edificar contra a alma desses filhos? Não os ameaceis com a ira de Deus se erram, mas levai-os a Cristo em oração. Fazei vosso lar o mais atrativo possível. Afastai as cortinas, e deixai o Sol, o médico celeste, aí penetrar. Quereis paz e quietação em vosso lar. Quereis que vossos filhos tenham um belo caráter. Fazei tão aprazível o vosso lar, que eles não queiram ir aos bares. Mostrai-lhes as flores e as folhas das árvores. Dizei-lhes que Deus fez cada haste de relva, e deu às flores seu lindo colorido. Dizei-lhes que aí está a expressão do amor de Deus por vós, que isto é a voz dEle a dizer-vos que vos ama. Te 290 2 Lares como o de Abraão -- Quereis que vosso lar seja semelhante ao de Abraão. Ele ordenou sua casa depois dele. Ele os ensinou a obedecer aos mandamentos de Deus. Estas são as lições, mães, que deveis ensinar pacientemente a vossos filhos. Não vos podeis permitir gastar tempo estudando as modas do momento. Ensinai-lhes que são propriedade de Cristo. Estamos hoje formando caracteres. Rapazes, moças, estais determinando hoje o vosso futuro. Deixai entrar Cristo. Ele vos guardará das tentações. Te 291 1 O fumo está minando a estrutura de muitos. Está penetrando nos fluidos e nos sólidos do corpo. Temos conhecido adeptos do fumo curados desse hábito repelente. Meu marido e eu fundamos um instituto de saúde na América. O testemunho dos que tratavam dos doentes do fumo, era alarmante. Eles falaram das alarmantes exalações nos banhos e nos tratamentos com lençóis. Esses doentes, porém, foram trazidos para uma rocha sólida. Temos visto recuperados muitos que diziam não poder vencer. Te 291 2 Maioria com Deus -- Ninguém pode ser inscrito nos livros do Céu sendo um ébrio. Resisti como homem à tentação. Em nome de Jesus Cristo de Nazaré podeis lançar mão do poder divino. Cristo operará em favor de cada um de vós. É criado o forte desejo do fumo, o qual não tem nenhum fundamento na natureza. Não obstante podeis ganhar a vitória. A maldição de Deus está sobre os que passam o copo aos lábios de seu próximo. Dizeis que estais em minoria. Não é Deus a maioria? Se nos encontramos de Seu lado, dAquele que fez os céus e a Terra, não estamos ao lado da maioria? Temos ao nosso lado anjos magníficos em poder. Fora com as modas deste século degenerado. Irmãs e mães, estais abusando do corpo que Deus vos deu. Que significa, jovens senhoras, esse apertar a cintura, que não dá a vossos pulmões, fígado e órgãos vitais a capacidade que lhes é devida? Vossa futura posteridade testificará contra vós. Como poderia eu falar como tenho feito, se me cingisse como algumas de vós fazeis? Vedes, coisa alguma está comprimindo esses órgãos vitais. Vemos às vezes mulheres que têm algum relatório a ler, e não podem falar alto. Parecem não ter voz. Estão afiveladas até chegar a ter cintura delgada, como se Deus não soubesse como as devia fazer. Te 292 1 O Senhor queria que a mulher de Manoá aderisse a estritos hábitos de temperança. "E o anjo do Senhor apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém, conceberás, e terás um filho. Agora, pois, guarda-te de que bebas vinho, ou bebida forte, ou comas coisa imunda." O anjo que apareceu a Zacarias e a Isabel, disse: "A tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João; e terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento. Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo." Vemos aqui a criança considerada antes do nascimento, e depois dele. Vós, mães, deveis dar valor a essas coisas. Os apetites da mãe são transmitidos aos filhos. Muitos de vós que condescendeis com coisas para satisfazer o apetite, estais tirando os suportes de vossa casa. Homens há que podiam ter tido relatório tão limpo como Daniel. Satanás está jogando as cartas por vossa alma. Precisamos estar livres e limpos das degradações deste mundo. "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos." Cristo venceu em nosso favor. Podemos vencer, em nome de Jesus Cristo, de Nazaré. Te 292 2 Ao entrarem os remidos pelas portas na cidade, Jesus Cristo dará a todos as boas-vindas, e eles terão harpas de ouro e cantarão para glória de Jesus Cristo e usarão vestes tecidas nos teares do Céu, isentas de qualquer fio de humanidade. Te 292 3 Queremos o Céu, e é intenção de Jesus Cristo que o tenhamos, se com Ele cooperarmos. -- Manuscrito 27, 1893. ------------------------Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos TM ix 1 Prefácio à terceira edição TM xv 1 Introdução histórica TM 15 0 Capítulo 1 -- A igreja de Cristo TM 63 0 Capítulo 2 -- Advertências fiéis e sinceras TM 105 1 Capítulo 3 -- As santas escrituras TM 120 1 Capítulo 4 -- Elevada norma de Deus TM 142 0 Capítulo 5 -- Um solene apelo a ministros TM 159 0 Capítulo 6 -- As necessidades humanas e a provisão divina TM 177 0 Capítulo 7 -- Economia TM 189 0 Capítulo 8 -- Coobreiros de Deus TM 210 1 Capítulo 9 -- Obreiros sob a direção de Deus TM 239 0 Capítulo 10 -- Métodos, princípios e motivos corretos TM 279 0 Capítulo 11 -- Aos irmãos que estão em posições de responsabilidade TM 305 0 Capítulo 12 -- Meios e métodos TM 319 0 Capítulo 13 -- Oficiais da associação TM 347 0 Capítulo 14 -- Apelo pela verdade e lealdade TM 392 0 Capítulo 15 -- Aos obreiros de Deus TM 426 1 Capítulo 16 -- Elevai as normas TM 457 1 Capítulo 17 -- Apelo e advertência TM 477 1 Capítulo 18 -- Princípios vitais nas relações TM 521 1 Apêndice ------------------------Prefácio à terceira edição TM ix 1 Entre os materiais que dantes tinham sido disponíveis, mas estavam esgotados por ocasião da morte da Sra. White, em 1915, encontravam-se diversos folhetos de Testemunhos Especiais, incluindo uma série publicada na década de 1890, intitulada: Special Testimonies to Ministers and Workers ("Testemunhos Especiais Para Pastores e Obreiros"). Esta série de onze números é muitas vezes denominada Special Testimonies, Série A. Em atenção ao pedido de que as instruções contidas nesses testemunhos especiais novamente se tornassem disponíveis, em 1923 foi publicado o livro Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, em inglês. Este constituiu um dos primeiros livros de E. G. White a serem editados postumamente. TM ix 2 Testemunhos Para Ministros apareceu primeiro num volume do tamanho dos Testemunhos Para a Igreja. A segunda edição, com caracteres e páginas maiores, foi publicada em 1944. Várias tiragens dessas duas edições têm abastecido o campo mundial durante quatro décadas. Para mais fácil manuseio e consulta, esta terceira edição é publicada no tamanho-padrão das páginas dos livros do Espírito de Profecia, mas sem alterações no conteúdo das páginas. TM ix 3 Durante a década que se seguiu à Assembléia da Associação Geral de 1888, realizada em Mineápolis, Minnesota, chegaram importantíssimas mensagens da mensageira do Senhor à Igreja Central de Battle Creek, à Comissão da Associação Geral e a outros homens responsáveis no centro da Obra. Essas mensagens estão repletas de apelos para regeneração e reforma de vida, instando com o leitor para que viva de acordo com os princípios vitais da Palavra de Deus e tenha um relacionamento pessoal com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. TM ix 4 Depois de terem sido recebidas e lidas em Battle Creek, muitas dessas mensagens foram impressas em forma de folheto, como Testemunhos Especiais à Igreja de Battle Creek e Testemunhos Especiais Para Pastores e Obreiros. A Comissão da Associação Geral forneceu exemplares aos principais pastores e obreiros em todas as partes do campo mundial. Essas mensagens tendiam a perscrutar o coração e despertar a alma, e eram fiéis em advertir contra o mal, porém encorajadoras, pois apontavam continuamente para o grande amor de Deus e para a plenitude do poder de Cristo para salvar totalmente. TM x 1 Quanto à seleção do material para este volume, extraído dos testemunhos em forma de folheto, o prefácio da primeira edição, publicada em 1923, nos informa o seguinte: TM x 2 "Tem a comissão que dela estava encarregada sido limitada pela decisão quanto ao tamanho do volume, e pelo grande número desses folhetos de pequena circulação. Portanto, nem tudo que continham os onze especiais foi colocado neste volume. As razões são que (1) algumas porções têm sido reimpressas em volumes publicados desde que os especiais foram impressos; (2) outras porções referiam-se a questões puramente locais, e que estão no passado e desapareceram; (3) outras coisas, ainda, são tratadas de modo mais completo e vigoroso em outros documentos reimpressos neste volume." TM x 3 A fonte de cada artigo, com a data da primeira publicação, é indicada nas notas ao pé da página. Alguns trechos complementares são apresentados no fim. Nesta terceira edição, as listas de itens "para estudo posterior" foram um pouco ampliadas, para incluir as referências a assuntos correlatos que aparecem nas compilações dos escritos de E. G. White publicadas depois de 1923. TM x 4 Alguns dos conselhos e repreensões da pena de Ellen G. White podem ser mais bem compreendidos se o leitor tiver conhecimento das circunstâncias que prevaleciam na ocasião em que as mensagens foram escritas. Certos pormenores da história denominacional, que eram conhecidos pelos leitores dos testemunhos em forma de folhetos e da primeira edição deste livro, são desconhecidos à maioria dos leitores hodiernos. TM xi 1 Uma Introdução Histórica, que vem imediatamente depois deste prefácio, foi portanto acrescentada nesta terceira edição, para expor os pontos altos do desenvolvimento denominacional, que constituem os antecedentes do que ocorreu na década crucial de 1890. Os importantes acontecimentos históricos desse período foram relatados concisamente. No Apêndice, também foram providas notas elucidativas, ligadas à menção de certos lugares, situações ou ocorrências. Essas notas ajudarão o leitor a determinar corretamente a intenção da autora nas mensagens apresentadas neste livro. TM xi 2 A análise dos materiais que compõem este volume revelará que, em geral, o conteúdo de cada uma das seções foi extraído de um só folheto. Junto com esses materiais foram colocados alguns trechos correlatos, extraídos de artigos de E. G. White na Review and Herald e de outros de seus escritos de caráter geral. Há dois artigos de Special Testimonies, Série B. TM xi 3 Os Testemunhos Especiais, Série B, consistiam de 19 folhetos publicados pela Sra. White ou por organizações denominacionais entre os anos 1903 e 1913. O conteúdo era variado e, em grande parte, tinha aplicação local. Isto é evidenciado pelos títulos: TM xi 4 1. Cartas a Médicos e Pastores (1903). TM xi 5 2. Cartas a Médicos e Pastores (fim de 1904 ou 1905). TM xi 6 3. Cartas a Obreiros do Sanatório, na Califórnia do Sul (1905). TM xi 7 4. O Espírito de Unidade (1905). TM xi 8 5. Fervoroso Apelo em Favor do Sanatório de Boulder, Colorado (1905). TM xi 9 6. Jovens que Vão a Battle Creek Para Obter Educação (1905). TM xii 1 7. Mensagens de Advertência e Instrução aos Adventistas do Sétimo Dia, a Respeito dos Perigos Atinentes à Obra Médico-Missionária (1906). TM xii 2 8. O Fortalecimento de Nossas Instituições e Centros de Preparo, e um Apelo Para Evangelistas Médico-Missionários (1907). TM xii 3 9. Responsabilidade Individual e Unidade Cristã (1907). TM xii 4 10. Jeová é Nosso Rei (1908). TM xii 5 11. A Escola Madison (1908). TM xii 6 12. A Escola de Preparo Manual Oakwood (c. 1908). TM xii 7 12x. A Escola Huntsville (c. 1908). TM xii 8 13. O Sanatório da Nova Inglaterra (1908). TM xii 9 14. O Sanatório do Vale do Paraíso (1909). TM xii 10 15. Obreiros de Sanatórios (1911). TM xii 11 16. Seleções dos Testemunhos Para Estudantes e Obreiros de Nossos Sanatórios (1911). TM xii 12 17. O Uso Insensato do Dinheiro e o Espírito de Especulação (1911). TM xii 13 18. O Sanatório de Nashville (1912). TM xii 14 19. O Espírito de Sacrifício (1913). TM xii 15 A esta lista, às vezes, são acrescentados dois artigos que não receberam a identificação "Série B": TM xii 16 20. Apelos Para Unidade (1912). TM xii 17 21. Recreação (c. 1913). TM xii 18 Com objetivos bem diferentes dos folhetos Testemunhos Especiais, da década de 1890, e aparecendo com páginas de maior tamanho, estes foram, desde o começo, denominados Special Testimonies, Série B. Os seus precursores da década de 1890, com mensagens para pastores e obreiros, passaram a ser conhecidos como "Série A", embora não fossem designados dessa maneira por ocasião da publicação. TM xii 19 Assuntos gerais, de utilidade permanente para a Igreja, publicados primeiro em artigos da "Série B", foram posteriormente incluídos nos volumes 8 e 9 de Testimonies for the Church, e em Conselhos Sobre Saúde, Conselhos Sobre Mordomia, Medicina e Salvação, e Mensagens Escolhidas. Dois artigos da coleção da "Série B" aparecem neste volume: "Jeová é Nosso Rei", páginas 477-484, e "A Responsabilidade Individual e a Unidade Cristã", páginas 485-505. TM xiii 1 Trabalhando durante um período de muitos anos, a Sra. White repetiu muitas vezes certos tipos de conselhos. Reimprimir tudo quanto aparecera nos folhetos e escritos anteriores sobrecarregaria o leitor com a repetição de assuntos e também com os pormenores de questões locais e pessoais que agora não têm significação geral. O prefácio da primeira edição declarou o seguinte a respeito do material escolhido para este livro: TM xiii 2 "Tem a comissão procurado apresentar fervorosamente, e com oração, no modesto volume, a melhor e a mais forte matéria do folheto impresso, e crê que as partes omitidas são mais do que compensadas pelo que tem sido coligido de outros folhetos de limitada circulação." TM xiii 3 Aqueles que são responsáveis pela terceira edição de Testemunhos Para Ministros declaram com os publicadores em 1923 que este oportuno volume é enviado com a sincera oração de que possa ser, a todos aqueles a quem chegar, uma fonte de instrução nas coisas profundas de Deus; de que ele reavive as esperanças e energias do povo de Deus; de que os auxilie a desenvolver as graças cristãs, que revelarão Cristo aos não salvos, e nos aproxime a todos cada vez mais um do outro, ao conduzir a todos nós ao próprio coração de nosso bendito Senhor. Comissão de Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Introdução histórica TM xv 1 Segundo foi mencionado no Prefácio desta terceira edição, Testemunhos Para Ministros consiste de materiais extraídos de várias fontes, principalmente de artigos de Ellen G. White que apareceram na Review and Herald e de folhetos contendo testemunhos à igreja de Battle Creek e aos dirigentes da Causa. A maior parte do conteúdo deste volume foi escrita nos anos 1890-1898, com o acréscimo de alguns materiais anteriores e posteriores, para ampliar determinados aspectos de conselho. A Seção 1: "A Igreja de Cristo", dá certeza da terna consideração que Deus tem por Sua Igreja, e contém claras promessas de vitória da Igreja. Isto é seguido de advertências e conselhos a pastores e administradores. TM xv 2 A década de 1890 foi um período interessante, mas, em alguns aspectos, também um período aflitivo na experiência dos adventistas do sétimo dia. A Igreja estava crescendo, e mais que dobrou o seu número de membros nesses dez anos. Os seus obreiros penetravam rapidamente em novos países. Fundaram-se instituições na pátria e no estrangeiro. As providências originais para a organização, tomadas na primeira assembléia da Associação Geral, em 1863, estavam se tornando escassas e insuficientes. As instituições estabelecidas há mais tempo se expandiam, e passavam por um período de popularidade, tanto entre os adventistas do sétimo dia como no mundo em geral. Esse crescimento esteve repleto de perigos, desde o liberalismo, por um lado, até à consolidação e centralização, por outro lado. Então, no decorrer da experiência desse período, houve certos elementos que refletiam o desfecho da assembléia da Associação Geral de 1888, realizada em Mineápolis, Minnesota, na qual foram minuciosa e acaloradamente debatidas determinadas questões doutrinárias. Vários homens se identificaram com um partido ou com o outro, sendo as suas decisões influenciadas não somente pelos argumentos doutrinários que tinham sido apresentados, mas também moldadas pelas atitudes para com os conselhos do Espírito de Profecia. Nalguns casos, essas atitudes não eram benéficas. Durante a maior parte desse período, a Sra. White esteve na Austrália, esforçando-se para desenvolver a obra nesse território recém-penetrado e tomando a dianteira no estabelecimento de um colégio e de um sanatório nesse continente. TM xvi 1 Este volume leva o título de Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos. Ele não é dedicado essencialmente a instruções sobre a maneira pela qual deve ser realizada a obra do pastor, como é o caso de Obreiros Evangélicos. Este livro contém mensagens que foram dadas para admoestar, advertir, repreender e aconselhar os pastores da Igreja, com especial atenção aos perigos específicos de homens que se encontram em posições de responsabilidade. Algumas repreensões são severas, mas é dada a certeza de que Deus, no Seu processo disciplinador, "só fere para poder curar, e não para fazer perecer". -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 23. TM xvi 2 As repreensões e os conselhos dirigidos aos pastores, e especialmente aos administradores, não foram publicados inicialmente por Ellen G. White, mas pelo presidente da Associação Geral, e, mais tarde, pela Comissão da Associação Geral. Na maioria dos casos, eram mensagens dirigidas originariamente ao presidente da Associação Geral, O. A. Olsen, e a seus auxiliares na obra administrativa, principalmente em Battle Creek. Ele e sua comissão mandaram imprimi-las para que outros pastores e administradores também pudessem tirar proveito das repreensões que indicavam os erros, e dos conselhos e do encorajamento ligados à repreensão. Resenha de dados históricos significativos TM xvii 1 Ao rever certas situações na história de nossa Igreja, que constituem o cenário para as mensagens da década de 1890, descobrimos indícios que nos habilitam a compreender melhor essas mensagens. Tornemos a folhear as páginas da História e consideremos alguns acontecimentos importantes. TM xvii 2 Desde o começo, os adventistas que observavam o sábado se caracterizaram pelo ardente desejo de compreender a vontade de Deus e andar no Seu caminho. Em sua experiência do advento, nos meados da década de 1840, eles tinham visto as estáveis igrejas protestantes, com suas estacas doutrinárias firmemente fincadas, se afastarem das grandes verdades ensinadas na Palavra de Deus. Muitos desses adventistas haviam sido expulsos dessas igrejas por causa de sua esperança no advento, a qual promanou das Escrituras. Eles tinham visto seus antigos irmãos mover acirrada oposição aos que defendiam e expunham as verdades bíblicas. Isto fez com que tivessem receio da formalidade e da organização da igreja. Quando, porém, começou a abrir-se o caminho para a proclamação da mensagem do terceiro anjo, aumentou a necessidade de organização, e, em Janeiro de 1850, foi mostrado a Ellen White que os adventistas observadores do sábado deviam pôr em ordem o seu trabalho, pois "no Céu tudo estava em perfeita ordem" --. Manuscrito 11, 1850. TM xvii 3 Esforços diligentes para efetuar a organização da Igreja assinalaram a década de 1850. Em 1860 eles culminaram na escolha do nome "Adventistas do Sétimo Dia", e, em 1861, nos planos para a organização de igrejas locais e associações estaduais. Então em 1863, as associações estaduais se coligaram na Associação Geral. Tomou-se muito cuidado para evitar o primeiro passo na formação de um credo, pois era evidente que a Igreja não poderia ter as estacas firmemente fincadas nesse sentido, e ao mesmo tempo estar livre para seguir as indicações providenciais reveladas pelo estudo da Palavra de Deus e pelas revelações do Espírito de Profecia. Excelente declaração a respeito das providências divinas ao ser instituída a ordem da Igreja aparece nas páginas 24-32. TM xviii 1 Por ocasião da organização da Associação Geral em 1863, foi escolhida uma Comissão da Associação Geral composta de três homens. Os principais interesses da Igreja consistiam das diversas associações estaduais e de uma casa publicadora situada em Battle Creek, Michigan. No setor evangelístico, crescente sucesso adveio aos pastores adventistas do sétimo dia. Sua obra consistia principalmente em pregar as verdades distintivas da mensagem evangélica, incluindo o sábado, o estado dos mortos, o segundo advento e o santuário. Muitos desses homens foram induzidos a entrar em discussões e debates atinentes à lei de Deus e a outras verdades bíblicas muito importantes. Imperceptivelmente, não poucos dos que se envolveram em tais discussões tornaram-se confiantes em si mesmos, e em seus corações desenvolveu-se um espírito de falsa segurança, de auto-suficiência e de pendor para debates ou discussões. Com o tempo isso produziu frutos nocivos. Desenvolvimento institucional TM xviii 2 O desenvolvimento institucional seguiu rapidamente no encalço da organização da Associação Geral. Na visão dada a Ellen White em Dezembro de 1865, foi requerida uma instituição médica, e, como resposta, em Setembro de 1866 os dirigentes abriram um pequeno instituto de saúde em Battle Creek. Menos de uma década depois disso, nas mensagens procedentes da pena de Ellen White foi recomendada a fundação de uma escola. Em 1874 construiu-se o Colégio de Battle Creek. Assim houve três importantes desenvolvimentos institucionais em Battle Creek, atraindo cada vez maior número de adventistas do sétimo dia para um centro denominacional em rápido crescimento. Foram chamados homens de experiência em assuntos comerciais para cuidar dos interesses financeiros das instituições. À medida que os negócios se expandiram, desenvolveram e prosperaram, alguns desses homens passaram a confiar mais no seu tino comercial do que nas mensagens de orientação da parte de Deus. Para eles, negócios eram negócios TM xix 1 Antes que decorresse uma década, a denominação se defrontou com uma luta entre os interesses de um programa educacional baseado nos princípios do Espírito de Profecia, e o programa educacional do mundo, dirigido por homens saturados de conceitos e métodos mundanos. TM xix 2 Os pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em grande parte, eram homens que se fizeram por si mesmos. Eram pessoas consagradas, hábeis e competentes, segundo se pode ver pela leitura de seus escritos. Conhecendo, porém, as limitações de sua formação educacional, tendiam a sentir-se muito humildes. Portanto, no começo da década de 1880, quando apareceu no meio deles um educador com título universitário, não é de surpreender que ele fosse impelido a assumir a liderança na obra educacional. Tendo sido elevado rapidamente a uma posição muito importante numa ocasião em que conhecia bem pouco das doutrinas e da história dos adventistas do sétimo dia, ele demonstrou que não se achava preparado para as responsabilidades que lhe foram atribuídas. TM xix 3 Com os dirigentes e os membros tomando partido, as questões se complicaram em Battle Creek. Alguns foram desencaminhados pela liderança de um educador graduado, ao passo que outros procuraram permanecer leais ao que fora apresentado nos conselhos do Espírito de Profecia. O resultado foi desastroso para o colégio e para a experiência das pessoas envolvidas. O Colégio de Battle Creek fechou-se durante um ano. As coisas que tinham sido ditas e as posições assumidas deixaram o seu estigma na experiência de não poucos dirigentes e membros da Igreja. TM xx 1 Nesse período foram publicados os artigos incluídos em Testimonies for the Church 5:9-98, primeiro num folheto intitulado "Testemunho Para a Igreja de Battle Creek". Esse folheto continha não somente o que mais tarde foi reeditado no volume 5, mas também alusões mais pessoais a indivíduos e situações em Battle Creek. Só é necessário ler os títulos para sentir a atmosfera desse tempo. O segundo capítulo: "Nosso Colégio", contém os subtítulos: "A Bíblia Como Livro de Ensino", "Objetivo do Colégio" e "Professores no Colégio". Os capítulos que vêm em seguida intitulam-se: "Preparo dos Pais", "Testemunho Importante", "Menosprezando os Testemunhos", "Obreiros em Nosso Colégio", "Reprovação à Inveja e à Crítica". TM xx 2 Eram dias difíceis, e no ano seguinte, quando compareceu à assembléia da Associação Geral em Battle Creek, Ellen White foi divinamente induzida a proferir uma série de palestras matinais aos pastores adventistas do sétimo dia, dando conselhos sobre aspectos práticos. Significativamente, entre estas palestras, uma foi dedicada a "Cristo, Justiça Nossa". Ver Mensagens Escolhidas 1:350-354. Estas circunstâncias históricas fazem parte dos antecedentes para os conselhos de E. G. White que se encontram neste volume. A década de 1880, um período de notável progresso TM xx 3 Embora houvesse enviado J. N. Andrews à Europa em 1874, enquanto se empenhava na edificação do colégio, só na década de 1880 a Igreja ingressou num período de notável avanço missionário e desenvolvimento institucional. Em 1882 foram fundadas duas outras escolas: uma em Healdsburg, Califórnia; e a outra em South Lancaster, Massachusetts. Em 1885 a obra de publicações estabeleceu-se em Basiléia, Suíça, na recém-construída Casa Publicadora Central. Nesse mesmo ano, foram enviados obreiros à Austrália, e logo se estabeleceu a Companhia Publicadora Echo, em Melbourne. A presença pessoal de Ellen G. White na Europa, nos anos 1885-1887, trouxe força e encorajamento à obra nos países visitados por ela. TM xxi 1 Ao recapitularmos certos pontos no desenvolvimento da história denominacional, se intensifica em nós a percepção da realidade do conflito entre as forças da justiça e as forças do mal. A igreja que surgira era a Igreja remanescente da profecia, com a mensagem de Deus para o tempo atual. O grande adversário fez tudo que estava ao seu alcance para frustrar a obra. Circunstâncias ligadas à assembléia de Mineápolis, em 1888 TM xxi 2 Uma das medidas mais eficazes do inimigo consistiu em levar bons homens a tomar posições que acabaram sendo um empecilho para a obra que eles amavam. Isto foi visto no espírito que se desenvolveu no coração de homens que se envolveram em discussões e debates. Foi visto na experiência de homens de negócios ligados à Causa. Foi visto na experiência de missionários que se dirigiram a outros países, e que, tendo conceitos tacanhos da obra, acharam difícil avançar da maneira indicada por Deus. Foi visto na tendência, manifestada por alguns, de recorrer aos líderes em Battle Creek para obter orientação nas mínimas questões da extensa obra missionária. E foi visto também no modo como dirigentes em Battle Creek, sobrecarregados com a obra educacional, procuravam dar minuciosa orientação ao trabalho em regiões distantes, das quais eles tinham bem pouco conhecimento. TM xxi 3 Quando chegou ao fim do ano 1887, a Igreja Adventista do Sétimo Dia tinha um total de 25.841 membros no mundo todo, com vinte e seis associações locais e uma missão na América do Norte, e quatro associações locais e seis missões além-mar. A Comissão da Associação Geral consistia de sete homens, e tinha sido cautelosamente ampliada de três membros para cinco em 1882, e de cinco para sete em 1886. Para cuidar das questões legais da Causa, formara-se uma associação dentro da própria Associação Geral, com uma comissão de cinco depositários. Vários ramos da obra se haviam transformado numa espécie de organizações autônomas, como a "Associação Internacional da Escola Sabatina", a "Associação de Saúde e Temperança" e a "Associação Internacional de Tratados (Folhetos) e Missionários". TM xxii 1 Como já mencionamos, por dois anos, de meados de 1885 a 1887, Ellen White permanecera na Europa. Agora ela estava de volta aos Estados Unidos e residia em Healdsburg, Califórnia. Havia duas casas publicadoras em atividade nos Estados Unidos: a Review and Herald, em Battle Creek, Michigan, e a Pacific Press, em Oakland, Califórnia. Cada uma dessas casas publicadoras realizava grande quantidade de atividades comerciais para manter o seu equipamento e pessoal plenamente ocupados, e preservar assim as instalações necessárias à impressão da literatura denominacional. Em cada uma dessas instituições era publicada uma revista principal: The Review and Herald em Battle Creek, e Signs of the Times em Oakland. TM xxii 2 Durante um ou dois anos precedentes, em artigos publicados nessas revistas, tinham sido expressas algumas diferenças de opinião a respeito da lei em Gálatas. Em cada um desses casos, os editores das revistas defenderam pontos de vista opostos. Enquanto ainda estava na Suíça, Ellen White escreveu para os editores da revista Signs of the Times, recomendando que não fossem publicados artigos que continham idéias contraditórias. Esta mensagem se encontra em Counsels to Writers and Editors, 75-82. A assembléia de 1888 TM xxiii 1 A assembléia da Associação Geral de 1888 realizou-se nos dias 17 de Outubro a 4 de Novembro, em Mineápolis, Minnesota. E foi precedida por um congresso bíblico de uma semana de duração, no qual se debateu se os hunos ou os alamanos deviam constituir um dos dez reinos de Daniel 2, 7, e Apocalipse 13. Uriah Smith, editor da Review and Herald, adotou determinada posição, e A. T. Jones, editor de Signs of the Times, adotou outra posição. E. J. Waggoner, que também era da Pacific Press, ministrou uma série de estudos sobre a expiação e a lei de Deus, e o Pastor Jones apresentou a justificação pela fé. Essas discussões continuaram durante a própria assembléia, e ocasionalmente houve fortes divergências. Alguns pastores tinham vindo à assembléia para debater certas questões, e não para estudar a verdade. Ellen White esteve presente, e solicitou que todos encarassem essas apresentações com coração e espírito receptivo. Ela recomendou que houvesse diligente e esmerado estudo dos assuntos debatidos. TM xxiii 2 De algum modo, as questões passaram a ser identificadas com certos homens. Em muitos, a mensagem da justiça pela fé causou profunda impressão, e houve uma atitude de coração e alma que conduziu a uma experiência vitoriosa na vida cristã pessoal. Outros se identificaram com determinados líderes conservadores e cautelosos, de Battle Creek, os quais viam o que supunham ser perigos em alguns dos ensinos apresentados. Quando a assembléia chegou ao fim, esses homens não tinham obtido a benção que Deus reservara para eles. TM xxiii 3 Não há registro dos discursos proferidos na assembléia por outros além de Ellen G. White, pois naquele tempo não se costumava publicar as alocuções ou palestras. Era publicado o Boletim da Associação Geral, mas ele consistia apenas de uma folha que continha notícias e trazia as atas da assembléia. Não foi tomado nenhum voto no tocante às questões bíblicas que haviam sido debatidas. TM xxiv 1 Nessa assembléia, o Pastor O. A. Olsen foi eleito presidente da Associação Geral, mas ele se encontrava na Europa. No dia 27 de Novembro de 1888, William C. White, um dos membros da Comissão da Associação Geral, escreveu para o Pastor Olsen que "os delegados, no fim da assembléia, levaram consigo impressões bem diferentes. Muitos achavam que ela foi uma das reuniões mais proveitosas a que já haviam assistido; outros diziam que foi a mais deplorável assembléia já realizada". Atitudes diferentes para com a justiça pela fé TM xxiv 2 Ellen White esteve muito tempo no campo de ação, durante os dois anos seguintes, procurando levar as igrejas e as associações a mais profunda e cabal compreensão da importante mensagem da justiça pela fé. Ela declarou que essa verdade bíblica, embora fosse "nova para muitos espíritos", era na realidade "como verdade antiga em novos moldes". -- The Review and Herald, 23 de Julho de 1889, reimpresso em Mensagens Escolhidas 1:355. TM xxiv 3 Durante a assembléia da Associação Geral realizada em Battle Creek, de 18 de Outubro a 5 de Novembro de 1889, ela pôde relatar: "O espírito que prevaleceu na reunião de Mineápolis não está aqui. Tudo se faz em harmonia. Há grande assistência de delegados. Nossa reunião das cinco horas da manhã é bem freqüentada, e as reuniões são boas. Todos os testemunhos que tenho ouvido têm sido de caráter edificante. Dizem que o ano passado foi o melhor de sua vida; a luz a resplandecer da Palavra de Deus foi clara e distinta -- a justificação pela fé, Cristo justiça nossa. As experiências têm sido muito interessantes. TM xxv 1 "Assisti a todas menos duas das reuniões matinais. Às oito horas o irmão Jones fala, tendo como assunto a justificação pela fé, e manifesta-se grande interesse. Há aumento de fé e do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." -- Manuscrito 10, 1889, publicado em Mensagens Escolhidas 1:361. TM xxv 2 Infelizmente, vários líderes de nossa Obra, ligados à Associação Geral e a nossas instituições em Battle Creek, colocaram-se do lado negativo e estabeleceram, no próprio coração da obra da Igreja, um foco de resistência. Dentro de poucos anos, muitos daqueles que se haviam colocado nessa posição perceberam o erro que tinham cometido e fizeram sinceras confissões. Houve, porém, alguns que resistiram obstinadamente. Alguns destes, ligados aos interesses comerciais da Igreja e de nossas instituições, fizeram sentir sua influência durante toda a década de 1890. Foi a respeito deles que Ellen White escreveu em 1895 o que consta na página 363 deste livro: "A justiça de Cristo pela fé tem sido passada por alto por alguns; pois é contrária ao seu espírito e a toda a experiência de sua vida." TM xxv 3 Neste volume, da página 76 em diante, encontram-se freqüentes alusões a Mineápolis e seus resultados, bem como à experiência de algumas pessoas envolvidas. TM xxv 4 Na assembléia de 1888, a Comissão da Associação Geral se modificou consideravelmente. O. A. Olsen foi chamado da Europa para assumir a presidência da Associação Geral, em substituição a George I. Butler. O Pastor Butler estava doente, e, embora não houvesse comparecido à assembléia de Mineápolis, juntara-se aos que se encontravam do lado negativo da questão. Ele ingressou num período de jubilação e cuidou da esposa inválida por dez anos ou mais; então fez um bom retorno, e ocupou novamente posições de responsabilidade na denominação. TM xxvi 1 O Pastor Olsen, um homem em plena afinidade com a ênfase dada à verdade da justiça pela fé, e que sempre foi leal aos conselhos do Espírito de Profecia, achou difícil enfrentar alguns dos problemas em Battle Creek. Em especial, eram muito difíceis os problemas provenientes do rápido desenvolvimento das instituições e da ampliação da obra em Battle Creek, com prejuízo da obra em outros lugares. A consolidação e os problemas concomitantes TM xxvi 2 Na assembléia da Associação Geral de 1889, foram considerados os problemas provenientes da atuação de duas grandes casas publicadoras: uma em Battle Creek e a outra no litoral do Pacífico. Nomeou-se uma comissão de vinte e uma pessoas para estudar a consolidação dos interesses referentes às publicações da denominação. O voto também requeria que fosse considerada a formação de uma organização similar, "com a finalidade de controlar todos os nossos interesses educacionais e a posse de propriedades, colocando-os assim sob uma administração geral; e uma outra para controlar nossas instituições de saúde". -- The General Conference Bulletin, 6 de Novembro de 1889, p. 149. Essa comissão apresentou o seu relatório à assembléia de 1891. A proposta era que a Associação Geral, como a corporação formada para representar os interesses legais da Igreja, comandasse todos os interesses da obra de publicações e dirigisse as casas publicadoras de um centro de operações. Reconheceu-se que, com a ampliação dos interesses que seriam colocados nas mãos dessa associação legal, o número de membros devia ser aumentado para vinte e um. Essas propostas foram aceitas pela assembléia. TM xxvii 1 Relatórios posteriores demonstram que foram tomadas providências para consolidar as atividades mundiais da Igreja, que tinham estado sob a direção de várias comissões, e colocá-las sob o controle da Associação Geral, com sua comissão de vinte e um membros. TM xxvii 2 Os principais oficiais da Comissão da Associação Geral também eram os principais oficiais dessa outra associação. Como, porém, os membros das duas comissões geralmente se achavam espalhados pelo mundo todo, as questões rotineiras, em grande parte, estavam a cargo de uns poucos homens em Battle Creek, alguns dos quais se achavam profundamente envolvidos nos interesses comerciais das instituições situadas nessa localidade. TM xxvii 3 Nem tudo que fora abrangido pelo voto que requeria a consolidação chegou a efetivar-se, mas concretizou-se o suficiente para iniciar uma série de movimentos em prol da consolidação e para sobrecarregar a Associação Geral com as obrigações financeiras das casas publicadoras, das sociedades de publicações, das instituições educacionais e dos sanatórios ao redor do mundo. Como a reunião completa da comissão só ocorria raras vezes, era inevitável que as decisões rotineiras que afetavam os interesses da Causa no mundo todo fossem tomadas por um pequeno número de homens em Battle Creek -- que amiúde não eram mais de quatro, cinco ou seis. Em suas comunicações, Ellen G. White protestou contra as medidas em prol da consolidação, e contra outras medidas que não tinham a aprovação de Deus. (Ver Life Sketches of Ellen G. White, 319-330; capítulo: "O Perigo de Adotar Métodos Mundanos na Obra de Deus.") TM xxvii 4 A situação em Battle Creek, que envolvia tanto as instituições como a Associação Geral, parece ser bem sintetizada no artigo: "Não Terás Outros Deuses Diante de Mim", escrito em Setembro de 1895 e que aparece nas páginas 359-364 deste livro. Seria bom que o leitor o estudasse com atenção. TM xxviii 1 As comunicações de Ellen G. White ao Pastor Olsen, presidente da Associação Geral, continham muitas mensagens de repreensão aos que desejavam assumir a responsabilidade de tomar decisões intimamente relacionadas com o trabalho da denominação ao redor do mundo. Grande parte dessas instruções enviadas ao Pastor Olsen se encontra em Testemunhos Para Ministros. Como já foi mencionado, ele mandou imprimir essas mensagens, para que as instruções e advertências pudessem ser transmitidas a outras pessoas. Problemas de longo alcance nas casas publicadoras TM xxviii 2 Infelizmente, a medida de conveniência, tomada nos primeiros anos de nossa obra de publicações e que levou as casas publicadoras a aceitarem trabalhos comerciais, envolveu essas instituições profundamente na mera atividade de imprimir. Por vezes, isso chegou a tal ponto que 70 por cento do trabalho de impressão era comercial, e 30 por cento denominacional. Aqueles que eram responsáveis pelos interesses financeiros das casas publicadoras encaravam a obra aos seus cuidados como a de simples impressores, e isso fez com que aceitassem para publicação manuscritos de tal índole que nunca deviam ter sido impressos nos prelos da Igreja. (Ver Testemunhos Selectos 3:161-168, capítulo: "Trabalho Comercial"; e Mensagens Escolhidas 2:350, 351, "O Perigo da Hipnose".) TM xxviii 3 Ao mesmo tempo, alguns homens em posições de responsabilidade na obra de publicações se afastaram de importantes princípios básicos que haviam governado nossas instituições na remuneração de seus empregados. Alegou-se que a obra atingira a situação de prosperidade atual em virtude das habilidades especiais e dos talentos daqueles que labutavam nos setores administrativos; esses homens deviam ser, portanto, agraciados com uma remuneração especial que estivesse mais de acordo com as suas posições administrativas. Como resultado, certos homens em posições importantes passaram a receber o dobro da remuneração de hábeis operários. TM xxix 1 O mesmo espírito induziu a administração da casa publicadora em Battle Creek a tomar todas as medidas que estavam ao seu alcance para obter o controle dos trabalhos literários manejados por ela, e isto resultou no cerceamento dos direitos autorais dos escritores dos livros publicados nessa casa editora. Assim foi aumentada a renda da casa publicadora. Alegou-se que aqueles que ocupavam posições administrativas na casa publicadora estavam em melhores condições para compreender as necessidades da Causa e saber como utilizar os lucros oriundos da literatura, do que os autores individuais. Eles achavam que esses autores talvez não fossem corretos na devida mordomia de seus direitos autorais. Escrevendo para os que ocupavam posições administrativas, em diversas mensagens Ellen White salientou que esses planos tinham sido motivados pelo egoísmo. Os conselhos a esse respeito se encontram em Testimonies for the Church 7:176-180. O presidente da Associação Geral publica testemunhos TM xxix 2 A influência de métodos egoístas e gananciosos, e o uso de poder despótico, ou "régio poder", segundo o denominou Ellen White, foram contagiantes. O Pastor Olsen, presidente da Associação Geral, na esperança de deter o mal causado por essas influências, tornou acessíveis aos pastores da Igreja muitas das mensagens de conselho enviadas a ele e a outros líderes em Battle Creek durante esse período crítico. Essas mensagens, publicadas em forma de folheto, foram expedidas como instruções especiais a pastores e obreiros. Muitas vezes eram prefaciadas por uma vigorosa declaração assinada pelo presidente ou pela Comissão da Associação Geral. Na introdução do Pastor Olsen ao segundo desses folhetos numerados, escrita em 1892, ele declarou: TM xxx 1 "Achamos que é nosso dever enviar-vos novamente algumas seleções de recentes escritos da irmã E. G. White que ainda não tinham sido impressos, e também chamar a atenção para alguns trechos muito importantes de escritos já publicados. Fazemos isso para trazer-vos à mente, de maneira bem nítida, as verdades ali contidas. Elas merecem a mais atenta consideração. ... TM xxx 2 "Por três anos o Espírito de Deus tem apelado de modo especial para que o nosso povo e ministério ponha de lado sua capa de justiça própria e busque a justiça que é de Deus, pela fé em Jesus Cristo. Mas, oh!, como temos sido vagarosos e hesitantes!... O testemunho e as fervorosas instâncias do Espírito de Deus não têm encontrado em nosso coração a resposta desejada pelo Senhor. Em algumas ocasiões, até nos temos sentido livres para criticar os testemunhos e as advertências que Deus enviou para o nosso bem. Isto é muito grave. Qual é o resultado? -- Frieza de coração e aridez de alma que realmente são alarmantes. TM xxx 3 "Não é tempo de fazer ouvir uma voz de advertência? Não é tempo para que cada pessoa se compenetre dessas coisas e pergunte: 'Acaso sou eu?'... TM xxx 4 "Neste testemunho, os nossos perigos são novamente indicados de tal modo que não podem ser mal interpretados. A questão é: Atenderemos ao conselho de Deus e O buscaremos de todo o coração, ou trataremos essas advertências com o desprezo e a indiferença que muitas vezes lhes dispensamos no passado? Deus não está brincando conosco, e não devemos ser morosos em fazer o que Ele quer." TM xxxi 1 Em 22 de Novembro de 1896, o Pastor Olsen escreveu estas palavras introdutórias para o sexto desses folhetos: TM xxxi 2 "Durante os últimos meses, recebi diversas comunicações da irmã E. G. White, que contêm valiosíssimas instruções para mim mesmo e para todos os nossos obreiros; e, sabendo que todos os obreiros ligados à causa da verdade presente seriam pessoalmente beneficiados e ajudados em seu trabalho pela posse dessas instruções, coligi este material e mandei imprimi-lo neste opúsculo, para proveito deles. Não é necessário que eu solicite que lhe seja dado minucioso estudo, feito com oração, pois sei que o receberá." TM xxxi 3 Não foi fácil para Ellen White redigir essas comoventes mensagens de censura e repreensão, nem foi fácil para os que as receberam aceitar que elas se aplicavam a sua experiência pessoal, e então começar a fazer as correções necessárias. Elas foram publicadas como folhetos, na década de 1890, pelo presidente e pela Comissão da Associação Geral, para que todos os pastores pudessem ser advertidos. Depois, em 1923, esses assuntos foram reeditados no livro Testemunhos Para Ministros, para que todo pastor e administrador adventista do sétimo dia se lembre dos perigos que podem militar contra os interesses da obra de Deus. TM xxxi 4 Ellen White não incluiu todos os pastores e administradores na mensagem de repreensão. "Como meu coração se regozija -- escreveu ela -- pelos que andam em humildade de espírito, que amam e temem a Deus! Estes possuem um poder muito mais valioso do que o saber ou a eloquência." -- Página 161. Aqui e ali, nos artigos deste volume, ela fala de "alguns" que tomaram o rumo errado, de "alguns" que têm sido insensíveis às mensagens enviadas por Deus. TM xxxi 5 As advertências contra o uso de autoridade e "poder despótico", e os conselhos de que o homem não deve volver-se para os seus semelhantes em busca de orientação em todos os pormenores da obra, são cuidadosamente equilibrados com conselhos a respeito da independência de espírito e ação, segundo consta nas páginas 314-316. É recomendado insistentemente que se tenha confiança nos presidentes de associação, e que lhes seja dado apoio, segundo consta nas páginas 327 e 328. TM xxxii 1 São estes os antecedentes da década de 1890 e das mensagens que se encontram no livro Testemunhos Para Ministros. Este é o quadro das condições que pioravam de mês a mês, de ano a ano, à medida que a Igreja Adventista do Sétimo Dia, prosseguindo num programa evangelístico, institucional e missionário que se ampliava cada vez mais, se aproximava da virada do século. A assembléia da Associação Geral em 1901 TM xxxii 2 Ellen White, de volta aos Estados Unidos depois de permanecer nove anos na Austrália, foi convidada a assistir à Assembléia da Associação Geral de 1901, realizada em Battle Creek. Era a primeira assembléia a que ela assistia num período de dez anos. O presidente da Associação Geral, G. A. Irwin, proferiu a mensagem de abertura. Então Ellen White dirigiu-se à frente da congregação, desejosa de dizer algo. Ela falou fervorosamente à assembléia, salientando a maneira pela qual a obra de Deus tinha sido restringida porque alguns homens em Battle Creek arcavam com a responsabilidade de uma obra que estava muito além do seu alcance. Declarou que esses homens e a Causa foram prejudicados ao incentivarem os outros a se volverem para eles em busca de orientação em todos os aspectos da obra. Ela realçou que alguns homens, em posições de responsabilidade, tinham perdido o espírito de consagração, tão essencial a sua obra. E exclamou nessa reunião: "O que necessitamos agora é de reorganização. Precisamos começar pelos alicerces e edificar sobre um princípio diferente." -- The General Conference Bulletin, 3 de Abril de 1901. TM xxxiii 1 O que ocorreu nas três semanas seguintes é um relato emocionante. A mensagem foi atendida. Cuidadosamente, os irmãos puseram mãos à obra. Formaram-se uniões-associações, ligando as associações locais em unidades menores, com as responsabilidades colocadas sobre homens nesse setor. As diversas associações que representavam as ramificações da atividade geral da Igreja, como a obra da Escola Sabatina e a ação missionária, tomaram providências para se tornarem departamentos da Associação Geral. A Comissão da Associação Geral, que consistia de treze homens, foi ampliada para vinte e cinco. Em 1903, a referida comissão ampliou-se ainda mais para incluir aqueles que se achavam ligados aos recém-organizados departamentos da Associação Geral. Dentro de alguns anos, quinhentos homens estavam arcando com as responsabilidades que antes da assembléia de 1901 tinham sido exercidas por bem poucos homens. TM xxxiii 2 Por meio dessa reorganização, tomaram-se providências para que aqueles que se encontravam nos campos locais decidissem o que dizia respeito à obra em andamento. Os fundamentos lançados eram tão sólidos que, quando o contínuo crescimento tornou isso aconselhável, a denominação estava em condições de promover, sem grandes problemas, o desenvolvimento de Divisões da Associação Geral. De acordo com este plano, grandes áreas do campo mundial se vincularam, e as uniões-associações tornaram-se unidades na organização das Divisões. Instituições de Battle Creek sofrem juízos de Deus TM xxxiii 3 Infelizmente, nem todos os conselhos enunciados por Ellen White nessa assembléia da Associação Geral de 1901 foram atendidos. As modificações que deveriam ter sido feitas em duas das instituições de Battle Creek não se efetuaram. Antes que decorressem doze meses, na noite de 18 de Fevereiro de 1902 o sanatório ardeu em chamas. TM xxxiv 1 E antes do fim de 1902, a casa publicadora também se transformou em cinzas. Essa grande perda de propriedades denominacionais foi considerada um castigo divino, infligido porque os homens deixaram de aceitar e seguir o conselho dado. Houve advertências, mas passaram despercebidas. Agora Deus falou de um modo que ninguém poderia deixar de entender. TM xxxiv 2 A sede da Igreja mudou-se de Battle Creek, com seus problemas concomitantes, e, pela providência divina, estabeleceu-se em Washington, D.C. A casa publicadora foi restabelecida na capital da nação, e os dirigentes resolveram que cem por cento do tempo dos empregados e do equipamento devia ser dedicado à publicação da mensagem da Igreja. O sanatório foi reconstruído em Battle Creek; mas, infelizmente, seus grandes interesses logo se distanciaram dos da Igreja. Depois que a sede mundial se transferiu para Takoma Park, Battle Creek deixou de ser o centro denominacional. "A não ser que nos esqueçamos" TM xxxiv 3 A parte final deste livro é extraída essencialmente de comunicações escritas em 1907 e 1914. Ellen White teve oportunidade de revisar o capitulo "Princípios Vitais nas Relações", especialmente o artigo: Jeová é Nosso Rei", uma mensagem que ela leu na reunião campal da Califórnia do Sul, em Agosto de 1907; e o artigo: "A Responsabilidade Individual e a Unidade Cristã", lido por ela na assembléia da Associação da Califórnia, realizada em Janeiro. Esses artigos recapitulam os pontos de que tratam os principais assuntos do volume. A reiteração desses conselhos lembrou a todos que perder de vista os princípios assim defendidos seria um perigo para a Igreja. TM xxxiv 4 A história poderá repetir-se, e os seres humanos poderão ser culpados de esquecimento. Têm sido envidados ingentes esforços para evitar a repetição dos erros cometidos em Battle Creek. A Sra. White escreveu: "Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado." -- Página 31. Os administradores e os obreiros ministeriais da Igreja têm sempre diante de si estas mensagens de advertência e admoestação, para ajudá-los a não cometer os erros de anos anteriores. E, intimamente relacionadas com essas advertências mais específicas, há advertências gerais sobre o elevado nível moral e espiritual da obra do pastor. TM xxxv 1 As mensagens deste livro, que lidam tão de perto com o coração e a alma dos que ocupavam a posição de pastores do rebanho e dos que exerciam responsabilidades administrativas, só se aplicariam hoje se as condições descritas existissem novamente. Ninguém deve cometer o erro de aplicar as repreensões a todos os pastores, em toda e qualquer ocasião. E o minucioso conhecimento de alguns dos problemas e crises enfrentados no decorrer dos anos jamais deveria diminuir a nossa confiança no glorioso triunfo da causa de Deus. TM xxxv 2 Ellen White, a quem Deus revelou os segredos do coração de certos homens e as fraquezas e deficiências da humanidade, não perdeu a confiança nos obreiros escolhidos por Deus. Para ela, o fato de que Deus enviou mensagens de repreensão aos que erraram, não era uma indicação de que eles foram abandonados; e, sim, uma evidência do amor de Deus, "porque o Senhor corrige a quem ama". E os contratempos que sobrevieram à Causa ao intensificar-se a batalha entre as forças do mal e as forças da justiça, não a deixaram com o coração desalentado, pois reconhecia que temos, "como cristãos bíblicos, estado sempre em terreno conquistado" (Mensagens Escolhidas 2:397), e que "o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até ao fim". -- Life Sketches of Ellen G. White, 437, 438. TM xxxvi 1 Esta introdução destina-se a informar o leitor sobre a configuração histórica do conteúdo deste livro. Há diversas referências a experiências, instituições e movimentos específicos, que talvez pareçam ser um pouco obscuros para nós que vivemos a tantas décadas depois desses acontecimentos. A fim de dar informações que conduzam a melhor compreensão dessas referências, foram providas algumas notas no Apêndice. TM xxxvi 2 A obra dos depositários dos escritos de Ellen G. White não é interpretar ou explicar os conselhos que foram dados. Eles têm o privilégio e, às vezes, a responsabilidade de apresentar a configuração histórica de certas situações, e de tornar conhecidos, em seu contexto, outros conselhos que ajudem o leitor a compreender melhor esses escritos, e a interpretá-los corretamente. Que isto seja realizado, e que a Igreja, sob a direção de líderes tementes a Deus, avance triunfantemente para a conclusão da preciosa obra do Senhor, é o sincero desejo da Os Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- A igreja de Cristo O objeto de seu supremo cuidado TM 15 0 Melbourne, Austrália, 23 de Dezembro de 1892 TM 15 1 Queridos Irmãos da Associação Geral: Testifico aos meus irmãos e irmãs que a Igreja de Cristo, por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção. Enquanto a todos dirige o convite para irem a Ele e serem salvos, comissiona Seus anjos, para prestar divino auxílio a toda alma que a Ele se achega com arrependimento e contrição; e, pessoalmente, por meio de Seu Espírito Santo, está no meio de Sua Igreja. "Se Tu, Senhor, observares as iniqüidades, ó Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo ao Senhor; a minha alma O aguarda, e espero na Sua Palavra. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã." "Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nEle há abundante redenção. E Ele remirá Israel de todas as suas iniqüidades." TM 15 2 Ó ministros e toda a Igreja, sejam estas as expressões que, brotando do coração, correspondam à grande bondade e amor de Deus para conosco, como um povo e a cada um de nós individualmente. "Espere Israel no Senhor, desde agora e para sempre." "Vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa de nosso Deus, louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao Seu nome, porque é agradável. Porque o Senhor escolheu para Si a Jacó, e a Israel para Seu tesouro peculiar. Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses." Considerai, meus irmãos e irmãs, que o Senhor tem um povo, um povo escolhido -- a Sua Igreja -- para ser Sua propriedade. Sua própria fortaleza, que Ele também num mundo contaminado pelo pecado, e rebelde; e determinou que nenhuma autoridade nela se conhecesse, lei alguma fosse por ela reconhecida, a não serem as Suas próprias. TM 16 1 Satanás tem uma grande confederação, que é sua igreja. Cristo a denomina sinagoga de Satanás, porque seus membros são filhos do pecado. Os membros da igreja de Satanás têm estado sempre a trabalhar para inutilizar a lei divina e estabelecer confusão entre o bem e o mal. Satanás trabalha com grande poder nos filhos da desobediência, e por meio deles, a fim de exaltar a traição e a apostasia como se fossem verdade e lealdade. E, na presente época, o poder de sua inspiração satânica está movimentando as forças vivas para promover a grande rebelião contra Deus, iniciada no Céu. Distinções claras e determinadas TM 16 2 Na época atual, a Igreja precisa vestir suas belas vestes -- "Cristo, justiça nossa". Há distinções claras e precisas a serem restauradas e expostas ao mundo, exaltando-se acima de tudo os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho natural, em contraste com a deformidade e trevas dos que são desleais, daqueles que se revoltam contra a lei de Deus. Assim reconhecem a Deus, e a Sua lei -- fundamento de Seu governo no Céu e em todos os Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara perante o mundo; e não ser reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová. Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. Se a Igreja vacilar aqui, por mais especioso que seja o pretexto apresentado para tal, contra ela haverá, registrada nos livros do Céu, uma quebra da mais sagrada confiança, uma traição ao reino de Cristo. A Igreja tem que manter seus princípios perante todo o Universo celeste e os reinos deste mundo, de maneira firme e decidida; uma inabalável fidelidade na manutenção da honra e da santidade da lei de Deus, despertará a atenção e admiração do mundo, e muitos, pelas boas obras que contemplarem, serão levados a glorificar nosso Pai celestial. Os que são leais e verdadeiros, são portadores de credenciais do Céu e não dos potentados da Terra. Todos os homens saberão quem são os escolhidos e fiéis discípulos de Cristo, e os conhecerão quando forem coroados e glorificados como hão de ser os que honraram a Deus, e a quem Ele honrou, tornando-os possuidores de um peso eterno de glória. ... TM 17 1 O Senhor proveu a Sua Igreja de capacidade e bênçãos, para que apresentasse ao mundo uma imagem de Sua própria suficiência, e nEle se completasse, como uma contínua representação de outro mundo, eterno, onde há leis mais elevadas que as terrestres. Sua Igreja deve ser um templo construído segundo a semelhança divina, e o anjo arquiteto trouxe do Céu a sua vara de ouro para medir, a fim de que cada pedra seja lavrada e ajustada pela medida divina, e polida para brilhar como um emblema do Céu irradiando em todas as direções os refulgentes e luminosos raios do Sol da Justiça. A Igreja há de ser alimentada com o maná do Céu e guardada unicamente sob a proteção de Sua graça. Vestida com a completa armadura de luz e justiça ela entra em seu conflito final. A escória, material imprestável, será consumida, e a influência da verdade testifica ao mundo de seu caráter santificador e enobrecedor. ... Experiências divinas TM 18 1 O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus sofismas e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, vêem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu. TM 18 2 À Sua Igreja deu Cristo amplas possibilidades, para que viesse a receber de Sua possessão resgatada e comprada um grande tributo de glórias. A Igreja, revestida da justiça de Cristo, é Sua depositária, na qual as riquezas de Sua misericórdia, amor e graça, se hão de por fim revelar plenamente. A declaração que fez em Sua oração intercessora, de que o amor do Pai é tão grande para conosco como para consigo mesmo, na qualidade de Filho unigênito, e que estaremos com Ele onde estiver, e que seremos um com Cristo e o Pai, é uma maravilha para a hoste celestial, e constitui sua grande alegria. O dom de Seu Espírito Santo, rico, pleno e abundante, deve ser para Sua Igreja semelhante a uma protetora muralha de fogo, contra que não prevalecerão os poderes do inferno. Na imaculada pureza e perfeição de Seu povo, Cristo vê a recompensa de todos os Seus sofrimentos, humilhação e amor, e como suplemento de Sua glória -- sendo Ele o grande centro de que irradia toda glória. "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." A igreja, a propriedade de Deus TM 19 1 A igreja é a propriedade de Deus, e Deus constantemente dela Se lembra ao estar ela no mundo sujeita às tentações de Satanás. Cristo nunca Se esquece dos dias de Sua humilhação. Passadas as cenas de Sua humilhação Jesus nada perdeu de Sua humanidade. Tem o mesmo amor terno e compassivo e sempre Se compadece dos ais humanos. Sempre tem em mente que foi um Varão de dores, familiarizado com a tristeza. Não Se esquece do povo que representa, que se está esforçando por manter a Sua espezinhada lei. Sabe que o mundo que O odiou, odeia-os também. Embora Jesus Cristo tenha entrado nos Céus, ainda há uma corrente viva que liga os Seus crentes ao Seu próprio coração de infinito amor. O mais humilde e fraco é ligado intimamente ao Seu coração por um elo de simpatia. Nunca Se esquece Ele de que é o nosso representante, de que tem a nossa natureza. TM 19 2 Jesus vê na Terra a Sua igreja verdadeira, cuja maior ambição é com Ele cooperar na grande obra de salvar almas. Ouve-lhes as orações, apresentadas em contrição e poder, e a Onipotência não lhes pode resistir aos rogos para a salvação de qualquer membro provado e tentado do corpo de Cristo. "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." Jesus sempre vive para interceder por nós. Por nosso Redentor, que bênçãos não poderá o verdadeiro crente receber? A igreja, prestes a entrar no seu mais duro conflito, será para Deus o objeto mais querido na Terra. A confederação do mal será estimulada com poder de baixo e Satanás lançará todo o opróbrio possível sobre os escolhidos que ele não pode enganar e iludir com suas invenções e falsidades satânicas. Mas, exaltado "a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados", fechará Cristo, nosso Representante e Cabeça, o coração, ou encolherá Sua mão, ou falsificará Sua promessa? -- Não; nunca, nunca. Identificado com sua igreja TM 20 1 Deus tem uma igreja, um povo escolhido; e pudessem todos ver como eu tenho visto, quão intimamente Cristo Se identifica com Seu povo, não se ouviria uma mensagem como essa que denuncia a igreja como Babilônia. Deus tem um povo que é Seu coobreiro e este tem avançado direito, tendo em vista a Sua glória. Ouvi a oração de nosso representante nos Céus: "Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória." Oh, como o Chefe divino almejava ter Sua igreja consigo! Com Ele haviam comungado em seus sofrimentos e humilhação, e é a Sua mais elevada alegria tê-los consigo, para serem participantes de Sua glória. Cristo reclama o privilégio de ter Sua igreja consigo. "Quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." Tê-los consigo, está de acordo com o concerto da promessa e o pacto feito com Seu Pai. Reverentemente, apresenta Ele, no trono da graça, a consumada redenção para Seu povo. O arco da promessa circunda nosso Substituto e Penhor ao lançar Sua amorável petição: "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória." Contemplaremos o Rei em Sua beleza e a igreja será glorificada. TM 21 1 Como Davi, podemos agora orar: "Já é tempo de operares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Têm os homens prosseguido na desobediência à lei de Deus, até alcançarem um grau de insolência sem paralelo. Os homens estão se educando na desobediência e apressadamente se aproximam do limite da paciência e do amor de Deus, e Deus certamente intervirá. Certamente Ele vindicará Sua honra e reprimirá a iniqüidade prevalecente. Será o povo que guarda o mandamento de Deus arrastado na iniqüidade dominante? Por ser a lei de Deus alvo de escárnio universal, serão tentados a pensar menos nessa lei que é o fundamento de Seu governo, tanto no Céu como na Terra? -- Não. Para Sua igreja, Sua lei se torna mais preciosa, santa e digna de honra ao lançarem os homens sobre ela escárnio e desprezo. Como Davi, podem dizer: "Eles têm quebrantado a Tua lei. Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino. Por isso tenho em tudo como retos todos os Teus preceitos, e aborreço toda a falsa vereda." TM 21 2 A igreja militante não é agora a igreja triunfante; mas Deus a ama, e descreve pelo profeta como Ele Se opõe e resiste a Satanás, que veste os filhos de Deus nos trajes mais negros e corruptos, e pleiteia o privilégio de destruí-los. Os anjos de Deus protegiam-nos dos assaltos do inimigo. Diz o profeta: TM 22 1 "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se Lhe opor, mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende; ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: Não é este um tição tirado do fogo? Ora Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo. Então falando, ordenou aos que estavam diante dEle, dizendo: Tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniquidade, e te vestirei de vestidos novos. E disse Eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos: E o anjo do Senhor estava ali. E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Se andares nos Meus caminhos, e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa, e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Mestres que devem ser evitados TM 23 2 Quando homens se levantam, pretendendo ter uma mensagem de Deus, mas em vez de combaterem contra os principados e potestades, e os príncipes das trevas deste mundo, eles formam um falso esquadrão, virando as armas de guerra contra a igreja militante, tende medo deles. Não possuem as credenciais divinas. Deus não lhes deu tal responsabilidade no trabalho. Eles desejam derrubar aquilo que Deus deseja restaurar pela mensagem de Laodicéia. Ele só fere para poder curar e não para fazer perecer. O Senhor não confere a nenhum homem uma mensagem que desanimará e desacoroçoará a igreja. Ele reprova, censura, castiga; mas é apenas para poder restaurar e aprovar afinal. Quanto se alegrou meu coração com o relatório da Associação Geral de que muitos corações foram abrandados e conquistados, que muitos fizeram humildes confissões, e removeram da porta do coração o entulho que conserva fora o Salvador! Que alegria tive ao saber que muitos deram as boas-vindas a Jesus como hóspede permanente! Como é que estes folhetos que denunciam a Igreja Adventista do Sétimo Dia como Babilônia se espalharam por toda a parte, no mesmo tempo em que a igreja estava recebendo o derramamento do Espírito de Deus? Como é que os homens podem ser tão enganados que imaginem consistir o alto clamor em retirar o povo de Deus da comunhão de uma igreja que está gozando um período de refrigério? Oh, que essas almas enganadas entrem na corrente, e recebam a bênção e sejam dotadas do poder do Alto! TM 23 1 Todo professor deve ser um discípulo, a fim de que os seus olhos possam ser ungidos para ver as evidências do avanço da verdade de Deus. Se quiser comunicar luz aos outros, devem os raios do Sol da Justiça brilhar em seu próprio coração. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. Organização e desenvolvimento TM 24 1 Faz já quarenta anos que foi introduzida a organização entre nós, como um povo. Fiz parte daqueles que tiveram experiência ao estabelecê-la desde o princípio. Conheço as dificuldades que tiveram de ser enfrentadas, os males que ela se destina a corrigir, e tenho notado sua influência em relação com o crescimento da causa. Na fase inicial da obra, Deus nos deu luz especial sobre este ponto, e esta luz, juntamente com as lições que a experiência nos ensinou, deveria ser tida em cuidadosa consideração. TM 24 2 Desde o início, nossa obra teve caráter empreendedor. Reduzido era o nosso número, e em sua maior parte procedente das classes pobres. Nossas idéias eram quase desconhecidas do mundo. Não tínhamos casas de culto, possuíamos poucas publicações, e reduzidíssimos recursos para levar avante a nossa obra. As ovelhas estavam esparsas pelas estradas e caminhos, nas cidades, aldeias e matas. Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus eram a nossa mensagem. Unidade de fé e de doutrina TM 24 3 Meu esposo, juntamente com os Pastores José Bates, Stephen Pierce, Hiram Edson, e outros que eram fervorosos, nobres e fiéis, estava entre os que, depois da passagem do tempo em 1844, buscaram a verdade como a um tesouro escondido. TM 24 4 Reuníamo-nos sentindo angústia de alma, a fim de orar para que fôssemos um na fé e doutrina; pois sabíamos que Cristo não está dividido. Cada vez tomávamos um ponto para assunto de nossa investigação. Abriam-se as Escrituras com sentimento de temor. Jejuávamos frequentemente, a fim de pôr-nos em melhor disposição para compreender a verdade. TM 25 1 Se depois de fervorosa oração, não compreendíamos algum ponto, o discutíamos, e cada qual exprimia livremente sua opinião. De novo então nos curvávamos em oração, e ardentes súplicas ascendiam ao Céu para que Deus nos ajudasse a ver de uma mesma maneira, para que fôssemos um, como Cristo e o Pai são um. Muitas lágrimas eram derramadas. TM 25 2 Assim passávamos muitas horas. Algumas vezes passávamos a noite toda em solene investigação das Escrituras, para compreender a verdade para o nosso tempo. Em algumas ocasiões o Espírito de Deus descia sobre mim, e porções difíceis eram esclarecidas pelo modo indicado por Deus, e havia então perfeita harmonia. Éramos todos de um mesmo pensamento e espírito. TM 25 3 Procurávamos muito ansiosamente que as Escrituras não fossem torcidas para adaptarem-se às opiniões de qualquer pessoa. Procurávamos fazer com que nossas divergências de opiniões fossem tão pequenas quanto possível, não insistindo nós sobre pontos que eram de menos importância, a respeito dos quais havia opiniões divergentes. A preocupação de toda alma, porém, era promover entre os irmãos uma condição que correspondesse à oração de Cristo para que Seus discípulos pudessem ser um, assim como o são Ele e o Pai. TM 25 4 Algumas vezes um ou dois irmãos obstinadamente se punham à opinião apresentada, e agiam de acordo com os sentimentos naturais do coração; quando, porém, essa disposição aparecia, suspendíamos nossas investigações e adiávamos a reunião, para que cada um tivesse a oportunidade de buscar a Deus em oração, e sem consulta com outrem estudasse o ponto de divergência, rogando luz do Céu. Com expressões de amizade nos despedíamos, para de novo reunirmo-nos tão breve quanto possível, para mais investigações. Por vezes o poder de Deus descia sobre nós de uma maneira assinalada, e, quando a clara luz revelava os pontos da verdade, chorávamos e regozijávamo-nos juntamente. Amávamos a Jesus, e amávamo-nos uns aos outros. TM 26 1 O nosso número aumentava gradualmente. A semente lançada era regada por Deus, que a fazia crescer. A princípio reuníamo-nos para o culto e apresentávamos a verdade àqueles que vinham para ouvir, em casas particulares, em celeiros, bosques e edifícios escolares; não demorou muito tempo, porém, e pudemos construir humildes casas de oração. A adoção da ordem eclesiástica TM 26 2 Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção do ministério, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os ministros, para a conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins. TM 26 3 Havia, no entanto, entre nosso povo um forte sentimento contrário à organização. Os adventistas do primeiro dia opunham-se à organização, e a maior parte dos adventistas do sétimo dia entretinham as mesmas idéias. Buscamos o Senhor em oração fervorosa para que pudéssemos compreender Sua vontade; e Seu Espírito nos iluminou, mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e era essencial a organização. Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra. TM 26 4 Tivemos uma árdua luta para estabelecer a organização. Apesar de o Senhor dar testemunho após testemunho a esse respeito, a oposição era forte, e teve de ser enfrentada repetidas vezes. TM 27 1 Sabíamos, porém, que o Senhor Deus de Israel nos estava dirigindo e guiando pela Sua providência. Empenhamo-nos na obra da organização, e uma evidente prosperidade acompanhou esse movimento progressista. TM 27 2 Como o desenvolvimento da obra nos impelisse a novos empreendimentos, dispusemo-nos a começá-los. O Senhor nos dirigiu o espírito para a importância da obra educativa. Vimos a necessidade de escolas, para que nossos filhos pudessem receber instrução isenta dos erros da falsa filosofia, e sua educação estivesse em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. A necessidade de instituições de saúde fora-nos encarecida, para auxílio e instrução de nosso próprio povo, e como meio de beneficiar e esclarecer a outros. Este empreendimento foi também levado avante. Tudo isto era obra missionária da mais elevada espécie. Os resultados do esforço conjunto TM 27 3 Nossa obra não era mantida por grandes donativos ou legados; pois poucos homens abastados tínhamos entre nós. Qual é o segredo de nossa prosperidade? Temo-nos movido sob as ordens do Príncipe de nossa salvação. Deus nos tem abençoado os esforços unidos. A verdade tem-se espalhado e florescido. Têm-se multiplicado as instituições. A semente de mostarda cresceu até tornar-se uma grande árvore. O sistema da organização alcançou êxito grandioso. Foi adotada a contribuição sistemática segundo o plano bíblico. O corpo foi "ligado pelo auxílio de todas as juntas". Na medida do avanço feito, ficou provado ser eficiente o nosso sistema de organização. TM 27 4 Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. A ereção dessa estrutura custou-nos muito estudo e orações, em que rogávamos, sabedoria e as quais sabemos que Deus ouviu. Foi edificada sob Sua direção, por meio de muito sacrifício e contrariedades. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que nem é possível imaginar. Em nome do Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida, robustecida e consolidada. TM 28 1 Ao mando de Deus: "Ide", avançamos, quando as dificuldades a serem superadas faziam com que o avanço parecesse impossível. Sabemos quanto custou no passado executar os planos de Deus, que fizeram de nós o povo que somos. Portanto, cada um tenha o máximo cuidado para não conturbar a mente no tocante a estas coisas que Deus ordenou para a nossa prosperidade e êxito no avançamento de Sua causa. TM 28 2 Os anjos trabalham harmonicamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem da hoste angélica, tanto maior êxito terão os esforços desses agentes celestiais em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Afastar-se-ão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços acoroçoarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Mas nunca, jamais esses mensageiros celestes sancionarão a irregularidade, a desorganização e a desordem. Todos estes males são o resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer-nos as forças, destruir-nos a coragem e evitar a ação bem-sucedida. TM 29 1 Satanás bem sabe que o sucesso apenas pode acompanhar a ação ordenada e harmoniosa. Bem sabe que tudo que se relaciona com o Céu se acha em perfeita ordem, e sujeição e disciplina perfeita caracterizam os movimentos da hoste angélica. Ele estuda e faz esforços para levar os cristãos professos o mais longe possível da disposição ordenada por Deus; portanto, engana até o povo professo de Deus, e faz-lhes crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade; que a única segurança para eles consiste em seguir cada qual seu próprio rumo e de maneira especial permanecer separado das corporações de cristãos que andam unidos, e trabalham para estabelecer a disciplina e harmonia de ação. Todos os esforços feitos para se estabelecer a ordem são considerados perigosos, tidos como uma restrição da legítima liberdade e, por isso, são temidos como se fossem um arremedo do papado. Estas dedicadas almas consideram virtude o jactar-se de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Não atendem a nenhum parecer de outrem. Não se deixam ensinar por quem quer que seja. Foi-me mostrado que a obra especial de Satanás é introduzir os homens a crer que Deus lhes ordena agirem por si mesmos, e escolherem seu próprio caminho, independentemente de seus irmãos. Responsabilidade individual e unidade cristã TM 29 2 Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna -- os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo fé e opiniões inteiramente opostas, e movendo-se cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade dos dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas idéias então aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levantam, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé comum, onde estará aquela concórdia que existia entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre Seus irmãos, Cristo orou? TM 30 1 Posto que tenhamos uma obra individual, e individual responsabilidade perante Deus, não devemos seguir nosso próprio critério independentemente, sem tomar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos; pois tal proceder acarretaria a desordem na igreja. É dever dos ministros respeitarem o discernimento de seus irmãos; mas suas relações mútuas, assim como as doutrinas que ensinam, deveriam ser submetidas à prova da lei e do testemunho; se, então, os corações forem dóceis, não haverá divisão entre nós. Alguns se inclinam a ser desordenados, e apartam-se dos grandes marcos da fé; mas Deus está atuando em Seus ministros para que sejam um na doutrina e no espírito. TM 30 2 É necessário que nossa unidade hoje seja de caráter tal que resista à prova.... Temos muitas lições para aprender e muitíssimas para desaprender. Tão-somente Deus e o Céu são infalíveis. Quem acha que nunca terá de abandonar uma opinião formada, e nunca terá ocasião de mudar de critério, será decepcionado. Enquanto nos apegarmos obstinadamente às nossas próprias idéias e opiniões, não poderemos ter a unidade pela qual Cristo orou. TM 30 3 Quando um irmão recebe nova luz sobre as Escrituras, deve expor francamente sua maneira de entender, e todo ministro deve investigar as Escrituras com espírito de singeleza, a fim de ver se os pontos apresentados podem ser corroborados pela palavra inspirada. "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." 2 Timóteo 2:24, 25. Que coisas Deus tem feito! TM 31 1 Passando em revista a nossa história, percorrendo todos os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: "Louvado seja Deus!" Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada. TM 31 2 Somos agora um povo forte, se pomos nossa confiança no Senhor, pois estamos a tratar com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos que agradecer. Se andamos na luz, como resplandece ela sobre nós, procedente dos vivos oráculos divinos, teremos grandes responsabilidades, correspondentes à grande luz a nós conferida por Deus. Temos muitos deveres a cumprir, porque fomos feitos depositários da verdade sagrada, a ser dada ao mundo em toda a sua beleza e glória. Somos devedores a Deus por todas as regalias que Ele nos confiou para embelezarmos a verdade com a santidade de nosso caráter, e comunicarmos a mensagem de exortação, consolo, esperança e amor, àqueles que estão nas trevas do erro e pecado. TM 31 3 Graças a Deus pelo que já tem sido feito no sentido de prover aos nossos jovens recursos para a educação religiosa e intelectual. Muitos têm sido instruídos para desempenhar uma parte nos vários ramos da obra, não somente na América mas nos campos estrangeiros. O prelo tem fornecido a literatura que difunde extensamente o conhecimento da verdade. Todos os donativos que, quais regatos, têm avolumado ao afluxo das contribuições, devem ser para nós justo motivo de gratidão a, Deus. TM 32 1 Temos hoje um exército de jovens que, se for convenientemente dirigido e animado, muito poderá fazer. Necessitamos de que nossos filhos creiam a verdade. Desejamos que sejam abençoados por Deus. Queremos que desempenhem uma parte em bem organizados planos para auxiliarem outros jovens. Sejam eles de tal maneira preparados que possam corretamente representar a verdade, dando a razão da esperança que neles há, e honrando a Deus em qualquer ramo da obra para que estiverem habilitados!... TM 32 2 Como discípulos de Cristo, temos o dever de difundir a luz que sabemos faltar ao mundo. Que o povo de Deus "enriqueça em boas obras, reparta de boamente, e seja comunicável; que entesoure para si mesmo um bom fundamento para o futuro, para que possa alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:18, 19. A igreja remanescente não é Babilônia TM 32 3 Muito me entristeci ao ler o folheto publicado pelo irmão S. e pelos que com ele se associam na obra que está fazendo. Sem meu consentimento, têm eles feito seleções dos Testemunhos e as inseriram no folheto que publicaram, para dar a aparência de que meus escritos apóiam e aprovam a posição que advogam. Ao fazê-lo, fazem o que nem é justo nem correto. Ao tomarem desautorizadas liberdades, apresentam ao povo uma teoria que engana e destrói. Em tempos passados, muitos outros fizeram a mesma coisa, e deram a parecer que os Testemunhos apoiavam posições que eram insustentáveis e falsas. TM 33 1 Tenho recebido luz no sentido de que a posição assumida pelo irmão S. e seus simpatizantes não é verdadeira, mas um dos "eis aqui" e "eis ali" que caracterizam os dias em que vivemos. Como exemplo da maneira em que o irmão S. compilou este folheto, relatarei o seguinte incidente: Escrevi uma carta particular a um de nossos ministros, e de maneira bondosa, pensando que isso seria um auxílio ao irmão S., esse irmão lhe enviou uma cópia dela, mas em vez de a considerar como uma questão para o seu auxílio pessoal, ele imprime porções dela num panfleto, como Testemunho não publicado, para apoiar a posição que ele assumira. É isso honroso? Nada há no Testemunho para apoiar a posição mantida pelo irmão S.; mas ele faz mau uso disto, como muitos fazem com as Escrituras, para prejuízo de sua própria alma e da dos outros. Deus julgará os que tomam desautorizada liberdade fazendo uso de meios desonrosos com o fim de dar caráter e influência àquilo que eles consideram como sendo uma verdade. Usando uma carta particular enviada a outra pessoa, abusa o irmão S. dos bondosos esforços envidados por alguém que o desejava ajudar. As facções que publicaram o folheto sobre o Alto Clamor, e a queda de todas as igrejas, evidenciam que o Espírito Santo de Deus não está operando com eles. "Por seus frutos os conhecereis." TM 33 2 Os que recebem os folhetos que advogam essa falsa posição, terão a impressão de que eu a apóio, e de que estou unida com esses obreiros na proclamação daquilo que eles chamam a "nova luz". Sei que sua mensagem está misturada com a verdade, mas a verdade é mal aplicada e torcida pela sua ligação com o erro. Quero dizer ao irmão que enviou a esses homens a cópia da carta que eu lhe escrevi, que nenhum pensamento tenho de censurá-lo, e ninguém deve fazer-lhe a mínima censura quanto a este assunto. Se eu fizesse um mau juízo e o censurasse, quando seus motivos e intenções eram bons, incorreria no desagrado de Deus. Se o irmão que ele desejou ajudar tomou liberdades, e traiu a sua confiança, não censure a si mesmo, nem se aflija pelos resultados da infidelidade dele. Instrução aos discípulos TM 34 1 Questões há nos Testemunhos escritos que não são para o mundo em geral, mas para os filhos de Deus crentes, e não é próprio tornar públicos para o mundo instruções, advertências, reprovações ou conselhos dessa espécie. O Redentor do mundo, o Enviado de Deus, o maior Mestre que os filhos dos homens já conheceram, apresentou algumas questões instrutivas, não para o mundo, mas somente para os Seus discípulos. Embora tivesse mensagens destinadas às grandes multidões que O acompanhavam, também tinha alguma luz e instrução especial a comunicar aos Seus seguidores, as quais não comunicava à grande congregação, visto que elas nem seriam por ela compreendidas nem apreciadas. Enviou Seus discípulos a pregar, e ao voltarem de seu primeiro trabalho missionário, e terem várias experiências a relatar quanto a seu êxito na pregação do evangelho do reino de Deus, Ele lhes disse: "Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco." Num lugar de reclusão comunicou Jesus a Seus discípulos as instruções, conselhos, avisos e correções que Ele viu serem necessários na sua espécie de trabalho; mas a instrução que então lhes deu não devia ser lançada a esmo ao grupo promíscuo, pois Suas palavras se destinavam apenas aos Seus discípulos. TM 35 1 Em várias ocasiões em que o Senhor operara obras de cura, ordenou Ele àqueles a quem abençoara que a ninguém contassem o que fizera. Devem eles ter ouvido Suas exortações e reconhecido que Cristo não exigira levianamente silêncio de sua parte, mas tinha uma razão para Sua ordem, e de modo algum deviam ter desrespeitado o Seu expresso desejo. Deveria ter-lhes sido suficiente saber que Ele desejava que observassem o seu próprio conselho, e que tinha boas razões para Seu premente pedido. Sabia o Senhor que ao curar o enfermo, ao operar milagres para restaurar a vista dos cegos, e para a purificação do leproso, punha em perigo Sua própria vida, pois se os sacerdotes e príncipes não aceitassem as evidências de Sua missão divina que Ele lhes deu, haveriam de interpretar mal, dizer falsidades e contra Ele fazer acusações. É verdade que Ele fez abertamente muitos milagres, contudo, em muitos casos, pediu que aqueles a quem abençoara a ninguém contassem o que por eles fizera. Ao se levantar o preconceito, ao serem alimentados a inveja e o ciúme, e Seu caminho embargado, abandonou as cidades e foi à procura dos que ouviriam a verdade que Ele veio transmitir e a apreciariam. TM 35 2 Achou o Senhor Jesus necessário esclarecer muitas coisas aos discípulos, coisas essas que Ele não revelou às multidões. Tornou-lhes claramente manifestas as razões do ódio demonstrado para com eles pelos escribas, fariseus e sacerdotes, e lhes falou de Seu sofrimento, traição e morte. Mas para o mundo não tornou tão claras essas questões. Tinha advertências a dar a Seus seguidores, e diante deles desdobrou os tristes acontecimentos que haviam de ocorrer, e o que eles deviam esperar. Deu a Seus seguidores preciosa instrução que até nem mesmo eles compreenderam senão depois de Sua morte, ressurreição e ascensão. Ao ser o Espírito Santo derramado sobre eles, foram-lhes todas essas coisas trazidas à lembrança, tudo o que Ele lhes dissera. Traição da confiança TM 36 1 Era uma traição da sagrada confiança tomar aquilo que Jesus determinara que fosse conservado em segredo e publicá-lo aos outros, trazendo sobre a causa da verdade vitupério e prejuízo. O Senhor deu a Seu povo apropriadas mensagens de advertência, repreensão, conselho e instrução, mas não é próprio tirar essas mensagens de sua conexão, e pô-las onde pareçam reforçar mensagens do erro. No folheto publicado pelo irmão S. e seus companheiros, ele acusa a igreja de Deus de ser Babilônia, e insiste em que haja uma separação da igreja. Esta é uma obra que não é honrosa nem justa. Compondo aquele folheto, serviram-se de meu nome e de meus escritos para apoio do que eu desaprovo e denuncio como erro. O povo a quem esse folheto chegar às mãos, acusar-me-á a mim da responsabilidade dessa falsa atitude, quando ela é completamente contrária aos ensinos de meus escritos e da luz que Deus me deu. Não hesito em dizer que os que insistem nessa obra estão muito enganados. Uma falsa mensagem TM 36 2 Desde anos tenho apresentado meu testemunho dizendo que, em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz e não obstante advogando a demolição daquilo que o Senhor por Seus agentes humanos tem estado a edificar, acham-se eles muito enganados, e não trabalham em cooperação com Cristo. Aqueles que afirmam que as igrejas adventistas do sétimo dia constituem Babilônia, ou qualquer parte de Babilônia, deveriam antes ficar em casa. Que eles se detenham e considerem qual é a mensagem que deve ser pregada presentemente. Em vez de trabalhar com meios divinos para preparar um povo que subsista no dia do Senhor, eles se puseram ao lado daquele que é um acusador dos irmãos, que os acusa dia e noite perante Deus. Agentes satânicos têm vindo das profundezas, inspirando os homens a unir-se numa confederação do mal, para perturbarem e atormentarem o povo de Deus, causando-lhe grande aflição. O mundo todo há de ser excitado à inimizade contra os adventistas do sétimo dia, porque eles não rendem homenagem ao papado, honrando o domingo, instituição desse poder anticristão. É desígnio de Satanás fazer com que eles sejam exterminados da Terra, a fim de que não seja contestada sua supremacia no mundo. As acusações de Satanás TM 37 1 Ao profeta foi apresentada a cena da acusação feita por Satanás. Diz ele: "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se Lhe opor." Jesus é o nosso grande Sumo Sacerdote no Céu. E que faz Ele? -- Faz intercessão e expiação por Seu povo que nEle crê. Pela Sua justiça imputada, são aceitos por Deus, como sendo aqueles que estão manifestando ao mundo que reconhecem a fidelidade a Deus, observando todos os Seus mandamentos. Satanás está cheio de maligno ódio contra eles, e para com eles manifesta o mesmo espírito que manifestou para com Jesus Cristo quando Este estava na Terra. Quando Jesus estava perante Pilatos, o governador romano procurou soltá-Lo, e desejou que o povo escolhesse libertar Jesus da prova pela qual estava prestes a passar. Apresentou à multidão que clamava o Filho de Deus e o criminoso Barrabás, e perguntou: "Qual quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?" "E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado." TM 38 1 O mundo foi instigado pela inimizade de Satanás, e quando lhe pediram que escolhesse entre o Filho de Deus e o criminoso Barrabás, escolheram um ladrão em vez de a Jesus. As multidões ignorantes foram levadas pelo raciocínio enganoso dos que estavam em posição elevada, a rejeitar o Filho de Deus e a escolher em Seu lugar um ladrão e assassino. Lembremo-nos todos de que ainda estamos num mundo em que Jesus, o Filho de Deus, foi rejeitado e crucificado, em que ainda repousa a culpa de desprezar a Cristo e preferir um ladrão ao imaculado Filho de Deus. A menos que individualmente nos arrependamos diante de Deus devido à transgressão de Sua lei, e exerçamos fé em nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o mundo tem rejeitado, estaremos sob a absoluta condenação que o ato de escolher a Barrabás em vez de a Cristo merece. Todo o mundo está hoje sob a acusação de deliberada rejeição e assassínio do Filho de Deus. A Palavra de Deus registra que judeus e gentios, reis, governadores, ministros, sacerdotes, e o povo -- todas as classes e seitas que revelam o mesmo espírito de inveja, ódio, preconceito e descrença manifestados pelos que levaram à morte o Filho de Deus -- caso lhes fosse concedida a oportunidade, desempenhariam a mesma parte desempenhada pelos judeus e pelo povo do tempo de Cristo. Participariam do mesmo espírito que exigiu a morte do Filho de Deus. TM 38 2 Na cena que representa a obra de Cristo em nosso favor, e a determinada acusação de Satanás contra nós, Josué figura como sumo sacerdote e roga em favor do povo que guarda os mandamentos de Deus. Ao mesmo tempo, apresenta Satanás o povo de Deus como sendo grandes pecadores, e apresenta diante de Deus a lista dos pecados que ele os tentou a cometer durante toda a vida, e insiste em que devido às suas transgressões sejam eles entregues nas suas mãos para serem destruídos. Insiste em que não sejam protegidos pelos anjos ministradores contra a confederação do mal. Está enfurecido porque não pode unir o povo de Deus nos laços do mundo, para lhe prestar completa obediência. Reis, legisladores e governadores têm colocado sobre si o estigma do anticristo, e são representados pelo dragão que sai a guerrear contra os santos -- contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. Em sua inimizade contra o povo de Deus, também se revelam culpados da escolha de Barrabás em vez de Cristo. O mundo é chamado às contas TM 39 1 Deus tem uma controvérsia contra o mundo. Quando se assentar o Juízo, e se abrirem os livros, terá Ele terríveis contas a ajustar, o que faria agora o mundo temer e tremer, não estivessem os homens cegados e enfeitiçados pelas ilusões e enganos satânicos. Deus pedirá contas ao mundo da morte de Seu Filho Unigênito a quem, em todos os intentos e propósitos o mundo crucifica de novo, e expõe ao opróbrio, ao perseguir o Seu povo. O mundo tem rejeitado a Cristo na pessoa de Seus santos, tem desprezado as mensagens ao recusar receber as mensagens dos profetas, apóstolos e mensageiros. Tem rejeitado aos que são colaboradores de Cristo, e disso terá de dar contas. Satanás está a testa de todos os acusadores dos irmãos; mas ao apresentar ele os pecados do povo de Deus, que lhe responde o Senhor? Diz: "O Senhor te repreende [não a Josué que é o representante do provado e escolhido povo de Deus, mas], ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende: Não é este um tição tirado do fogo? Ora Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo." Satanás representara o escolhido e leal povo de Deus como estando cheio de corrupção e pecado. Podia descrever os pecados específicos de que se haviam tornado culpados. Não havia ele posto em ação toda a confederação do mal para levá-los a esses mesmos pecados, por meio de suas artes sedutoras? Mas se haviam arrependido. Haviam aceito a justiça de Cristo. Estavam, portanto, diante de Deus trajando as vestes da justiça de Cristo, e "então falando, ordenou aos que estavam diante dEle, dizendo: tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos". Todo o pecado de que haviam sido culpados estava perdoado, e eles estavam diante de Deus como escolhidos e verdadeiros, como inocentes, como perfeitos, como se nunca tivessem pecado. A palavra encorajadora TM 40 1 "E disse Eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram [os anjos de Deus] uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos: e o Anjo do Senhor [Jesus seu Redentor] estava ali. E o Anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos, e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa, e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Gostaria que todos os que dizem crer na verdade presente, pensassem seriamente nas coisas maravilhosas apresentadas neste capítulo. Embora o povo de Deus seja débil e cercado de fraquezas, os que se voltam da deslealdade para com Deus nesta geração ímpia e perversa, e retornam à lealdade, permanecendo firmes na vindicação da lei de Deus, tapando a brecha feita pelo homem do pecado sob a direção de Satanás, serão considerados filhos de Deus, e pela justiça de Cristo estarão perfeitos diante de Deus. A verdade não jazerá sempre no pó para ser espezinhada pelos homens. Será magnificada e feita honrosa; ainda se levantará e brilhará em todo o seu natural esplendor e permanecerá firme para sempre e sempre. As palavras de acusação não vêm de Deus TM 41 1 Deus tem um povo em que todo o Céu se acha interessado, e eles são o único objeto na Terra, precioso ao coração de Deus. Que todos os que lerem estas palavras lhes dêem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado. A mensagem contida no folheto intitulado O Alto Clamor, é um engano. Semelhantes mensagens hão de apresentar-se e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa; pois não estão cheias de luz, mas de trevas. TM 42 1 Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o povo de Deus, e estas mensagens serão proclamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu povo: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a Terra e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor virá surgindo e a Sua glória se verá sobre ti." Uma obra de engano TM 42 2 Ver-se-á que estes que proclamam mensagens falsas não terão um alto senso de honra e integridade. Enganarão o povo, e porão de mistura com o erro os Testemunhos da irmã White, servindo-se de seu nome para dar influência à sua obra. Escolhem dos Testemunhos certos trechos que acham que podem ser torcidos de modo a apoiar sua atitude e põe-nos numa moldura de falsidade, para que o seu erro tenha peso e seja aceito pelo povo. Dão falsa interpretação e aplicam mal o que Deus deu à igreja para advertir, aconselhar, reprovar, confortar e animar os que constituirão o povo remanescente de Deus. Os que acolhem os Testemunhos como a mensagem de Deus, são por eles abençoados e auxiliados; mas os que os fragmentam, simplesmente para apoiar alguma teoria ou idéia pessoal, para defender um procedimento errado, não serão abençoados e beneficiados por aquilo que ensinam. Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilônia, é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite perante Deus. Por esse mau emprego dos Testemunhos, almas são levadas à perplexidade, porque não podem compreender a relação dos Testemunhos para com a atitude assumida pelos que se acham no erro; pois Deus deseja que os Testemunhos estejam sempre emoldurados na verdade. TM 43 1 Os que advogam o erro dirão: "O Senhor diz", "quando o Senhor não falou." Testificam em favor da falsidade, e não da verdade. Se os que têm proclamado a mensagem de ser a igreja Babilônia tivessem empregado o dinheiro gasto na publicação e circulação desse erro, em edificar, em vez de demolir, teriam tornado evidente serem eles o povo que Deus está guiando. TM 43 2 Há uma grande obra a ser feita no mundo, uma grande obra a ser feita nos campos estrangeiros. Têm de ser estabelecidas escolas para que a mocidade, as crianças e os de idade madura, possam ser educados o mais rápido possível para entrar nos campos missionários. Há necessidade, não só de ministros para campos estrangeiros, mas de sábios, judiciosos obreiros de todas as espécies. De todas as partes do mundo soa o clamor macedônico: "Passa, e ajuda-nos!" Recaindo sobre nós, como recai, toda a responsabilidade de ir e pregar o evangelho a toda a criatura, grande é a necessidade de homens e recursos, e Satanás opera de todos os modos concebíveis para deter os meios e impedir os homens de se empenharem na obra que deveriam estar a fazer. O dinheiro que deveria ser empregado em fazer a boa obra de construir casas de adoração, e estabelecer escolas com o fim de educar obreiros para o campo missionário, preparar moços e moças, habilitando-os a sair e trabalhar pacientemente, inteligentemente e com toda a perseverança a fim de que sejam agentes por meio dos quais possa ser preparado um povo que subsista no grande dia de Deus, esse dinheiro é desviado de seu curso de utilidade e bênção, para um curso de dano e maldição. TM 44 1 O grande dia de Deus está prestes a nos sobrevir e se apressa muito, e há uma grande obra a fazer e esta deve ser feita com rapidez. Mas vemos que em meio ao trabalho que deve ser feito, há os que professando crer na verdade presente, não sabem como gastar os meios que lhes são confiados, e devido à falta de um coração manso e humilde não vêem quão grande é a obra a fazer. Todos os que aprendem de Jesus serão cooperadores de Deus, mas os que saem a proclamar erros, despendendo tempo e dinheiro num trabalho vão, colocam sobre os verdadeiros obreiros que estão em novos campos crescente responsabilidade, pois em vez de dedicarem seu tempo a advogar a verdade, são obrigados a anular a obra daqueles que estão proclamando falsidades e pretendendo ter a mensagem do Céu. TM 44 2 Se os que têm feito esta espécie de trabalho tivessem sentido a necessidade de atender à oração que Cristo fez a Seu Pai justamente antes de Sua crucifixão -- que os discípulos de Cristo fossem um como Ele e o Pai eram um, não estariam desperdiçando os meios que lhes foram confiados e que são tão necessários ao avanço da verdade. Não estariam gastando precioso tempo e habilidade na disseminação do erro, necessitando assim de que o tempo do obreiro seja dedicado à anulação e extinção de sua influência. Trabalho dessa espécie não tem a inspiração de cima, mas de baixo. TM 44 3 "Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus. Eis todos vós, que acendeis fogo e vos cingis com faíscas: Andai entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas que acendestes: isto vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." A mensagem dada por aqueles que proclamam que a igreja é Babilônia tem dado a impressão de que Deus não tem uma igreja na Terra. Uma igreja viva TM 45 1 Não tem Deus uma igreja viva? Ele tem uma igreja, mas esta é a igreja militante, e não a igreja triunfante. Entristecemo-nos de que haja membros defeituosos, de que haja joio no meio do trigo. Jesus disse: "O reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no meio do campo, mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente, por que tem então joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: não: para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até a ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro." TM 45 2 Na parábola do trigo e do joio, vemos a razão de o joio não ser arrancado; era para que o trigo não fosse desarraigado também com o joio. A opinião e o juízo humanos ocasionariam graves erros. Mas para que não se cometesse um erro e uma simples haste de trigo fosse desarraigada, diz o Mestre: "Deixai crescer ambos juntos até a ceifa"; então os anjos arrancarão o joio, que será destinado à destruição. Conquanto em nossas igrejas, que pretendem crer em verdades avançadas, haja pessoas em faltas e erros, como o joio em meio do trigo, Deus é longânimo e paciente. Ele reprova e adverte o errante, mas não destrói os que são vagarosos em aprender a lição que lhes quer ensinar; Ele não desarraiga o joio do meio do trigo. O joio e o trigo devem crescer juntos até a ceifa; quando o trigo chegar ao seu completo desenvolvimento, e pelo caráter que apresentar quando amadurecido, ele se distinguirá perfeitamente do joio. TM 46 1 A igreja de Cristo na Terra será imperfeita, mas Deus não destrói Sua igreja por causa de sua imperfeição. Tem havido e haverá os que se acham possuídos de zelo mas não com entendimento, os quais desejam purificar a igreja e desarraigar o joio do meio do trigo. Mas Cristo proveu luz especial quanto à maneira de tratar os que erram, e os inconversos na igreja. Não devem os membros da igreja tomar alguma resolução espasmódica, zelosa, precipitada, ao excluir os que eles porventura considerem de caráter defeituoso. O joio aparecerá entre o trigo; mas causaria maior dano extirpá-lo -- a menos que fosse do modo designado por Deus -- do que deixá-lo crescer. Ao mesmo tempo que o Senhor traz para a igreja os verdadeiramente convertidos, Satanás traz para sua comunhão pessoas não convertidas. Enquanto Cristo semeia a boa semente, Satanás semeia o joio. Duas influências oponentes se exercem continuamente sobre os membros da igreja. Uma influência opera a favor da purificação da igreja, e a outra a favor da corrupção do povo de Deus. A Judas deram-se oportunidades TM 46 2 Jesus sabia que Judas tinha defeitos de caráter, mas não obstante Ele o aceitou como discípulo e proporcionou-lhe os mesmos privilégios e oportunidades que proporcionara aos outros, que escolhera. Judas ficou sem desculpa para a má conduta que depois seguiu. Ele poderia ter-se tornado um obrador da Palavra, como foram depois Pedro, Tiago e João, e os outros discípulos. Jesus ministrou preciosas lições de instrução, de modo que os que com Ele se associavam poderiam ter-se convertido, não tendo necessidade de apegar-se aos defeitos que lhes manchavam o caráter. A igreja não é perfeita TM 47 1 Algumas pessoas parecem pensar que ao entrar na igreja ser-lhes-ão cumpridas as expectativas, e só encontrarão os que são puros e perfeitos. São zelosas na fé, e ao verem faltas nos membros da igreja, dizem: "Abandonamos o mundo para não nos associarmos com pessoas de mau caráter, mas aqui também está o mal"; e perguntam, como os servos da parábola: "Por que tem então joio?" Mas não precisamos ficar assim desapontados, pois o Senhor não nos autorizou a chegar à conclusão de que a igreja é perfeita; e todo o nosso zelo não terá êxito em tornar a igreja militante tão pura como a igreja triunfante. O Senhor nos proíbe proceder de qualquer maneira violenta contra aqueles que julgamos estarem em erro, e não devemos espalhar excomunhões e denúncias contra os que estão em falta. TM 47 2 O homem finito é propenso a julgar mal o caráter, mas Deus não deixou a obra de julgar e de fazer pronunciamentos sobre o caráter com aqueles que para isto não estão preparados. Não devemos dizer o que constitui o trigo e o que constitui o joio. O tempo da colheita determinará completamente o caráter das duas classes especificadas sob a figura de joio e de trigo. A obra de separação é dada aos anjos de Deus, e não entregue nas mãos de qualquer homem. TM 47 3 A falsa doutrina é uma das influências satânicas que opera na igreja, e para ela traz aqueles cujo coração não está convertido. Os homens não obedecem às palavras de Jesus Cristo, buscando assim a unidade na fé, no espírito e na doutrina. Não pelejam pela unidade do espírito pela qual Cristo orou e que tornaria o testemunho dos discípulos de Cristo eficiente em convencer o mundo de que Deus enviara Seu Filho ao mundo, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Se entre os filhos de Deus houvesse a união por que Cristo orou, dariam eles um testemunho vivo, e irradiariam resplendente luz que brilhasse entre as trevas morais do mundo. A Satanás é permitido tentar TM 48 1 Em vez da unidade que devia existir entre os crentes, há desunião; pois a Satanás é permitido entrar e pelos seus especiosos enganos e ilusões leva ele, os que de Cristo não estão aprendendo a mansidão e humildade de coração, a seguir um rumo diferente da igreja, e, se possível, a quebrar-lhes a união. Levantam-se homens que falam coisas perversas para atrair discípulos para si. Pretendem que Deus lhes deu grande luz, mas como agem sob sua influência? Seguem eles a atitude assumida pelos dois discípulos na viagem para Emaús? Ao receberem a luz, voltaram e foram ao encontro daqueles a quem Deus guiara e ainda estava guiando, e lhes contaram como haviam visto a Jesus e com Ele tinham falado. TM 48 2 Têm os homens que pretendem ter luz quanto à igreja, assumido tal atitude? Têm-se eles dirigido aos escolhidos de Deus para dar um testemunho vivo, e dar-lhes evidências de que esta luz melhor os habilitaria a preparar um povo para subsistir no grande dia de Deus? Têm eles buscado conselho dos que deram e ainda estão dando a verdade, transmitindo ao mundo a última mensagem de advertência? Têm-se eles aconselhado com os que têm tido profunda experiência nas coisas de Deus? Por que esses homens, tão cheios de zelo pela causa, não estiveram presentes na reunião da Associação Geral realizada em Battle Creek, como os devotos homens estiveram em Jerusalém por ocasião do derramamento do Espírito Santo? No grande coração da obra homens abriram seus tesouros de luz; e enquanto o Senhor derramava Seu Espírito sobre o povo receberam esses homens a unção celestial? Enquanto se manifestavam entre o povo profundos toques do Espírito de Deus e almas eram convertidas e corações endurecidos quebrantados, havia os que davam ouvidos às sugestões de Satanás, e estes eram inspirados com zelo que vem de baixo, para saírem proclamando que o próprio povo que estava recebendo o Espírito Santo, e que devia receber a chuva serôdia e a glória que deve iluminar todo o mundo, era Babilônia. Deu o Senhor a esses mensageiros sua mensagem? -- Não; pois essa não era uma mensagem verdadeira. A igreja é a luz do mundo TM 49 1 Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. O mundo é uma oficina em que pela cooperação de agentes humanos e divinos, Jesus está, por Sua graça e divina misericórdia, fazendo experiências em corações humanos. Os anjos ficam admirados ao ver a transformação de caráter efetuada nos que se entregam a Deus, e exprimem sua alegria em cânticos de arrebatado louvor a Deus e ao Cordeiro. Eles vêem os que por natureza são filhos da ira, convertidos, e tornando-se cooperadores de Cristo na obra de atrair almas para Deus. Vêem os que estavam em trevas tornando-se luzes a brilhar em meio da noite moral desta geração ímpia e perversa. Vêem-nos preparar-se por uma experiência semelhante à de Cristo, a fim de sofrer com seu Senhor, e ser depois participantes com Ele das glórias do Céu. TM 50 1 Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com Sua glória. A oração de Cristo, de que a igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação. TM 50 2 No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados; e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos. Será possível que dentre nós se levantem homens que falem coisas perversas, propagando os mesmos sentimentos que Satanás deseja ver disseminados no mundo, com referência aos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus? Porventura não há trabalho bastante para satisfazer vosso zelo na apresentação da verdade aos que se acham nas trevas do erro? Como os que foram constituídos mordomos de haveres e habilidades, tendes empregado mal os bens do vosso Senhor, disseminando o erro. Todo o mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da lei de Deus, e a igreja que for leal a Jeová terá de empenhar-se num conflito mais que ordinário. "Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas com todas as suas forças, hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal. TM 51 1 Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derribar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. Estão-se aliando com os inimigos de Deus e da verdade. Porão a ridículo a ordem estabelecida no ministério, considerando-a um sistema eclesiástico imperialista. Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com sua mensagem por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se. Não os recebais; pois Deus não os incumbiu dessa obra. O resultado de semelhante obra será incredulidade nos Testemunhos, e nos limites do possível, tornarão sem efeito a obra que por anos tenho estado a fazer. TM 51 2 Quase toda minha vida tem sido dedicada a esta obra, mas meu encargo muitas vezes se tem tornado mais pesado pelo surgimento de homens que saíram a proclamar uma mensagem que Deus não lhes dera. Esta classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de por esse meio dar influência a seus testemunhos falsos. Quando se tornar manifesto que sua mensagem é um erro, então os Testemunhos postos na companhia do erro, participam da mesma condenação; e o povo do mundo, que não sabe que os Testemunhos citados são extratos de cartas particulares usadas sem meu consentimento, apresenta essa matéria como evidência de que minha obra não é de Deus, nem é verdadeira, mas falsa. Os que assim trazem má fama sobre a obra de Deus terão de responder perante Ele pela obra que estão fazendo. Um ministério divinamente designado TM 52 1 Deus tem uma igreja, e ela tem um ministério designado por Ele. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por toda o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo." TM 52 2 O Senhor tem Seus agentes designados, e uma igreja que tem sobrevivido a perseguições, conflitos e trevas. TM 53 1 Jesus amou a igreja, e por ela Se deu a Si mesmo, e Ele a há de aperfeiçoar, refinar, enobrecer e elevar, de maneira que ela fique firme em meio das corruptoras influências deste mundo. Homens designados por Deus foram escolhidos para vigiar com zeloso cuidado, com vigilante perseverança a fim de que a igreja não seja subvertida pelos malignos ardis de Satanás, mas que ela esteja no mundo para promover a glória de Deus entre os homens. Sempre haverá conflitos ferozes entre a igreja e o mundo. Mente entrará em contato com mente, princípio com princípio, a verdade com o erro; mas na crise que em breve há de culminar, e que já começou, os homens de experiência devem fazer a obra que Deus lhes designou, e velar pelas almas como os que têm de dar contas. ... TM 53 2 Os que estão levando esta mensagem errada, denunciando a igreja como sendo Babilônia, negligenciam a obra que Deus lhes determinou fazer, estão em oposição à organização, opõem-se à clara ordem de Deus pronunciada por Malaquias com relação a trazer todos os dízimos ao tesouro da casa de Deus, e imaginam ter uma obra a fazer no sentido de advertir aqueles a quem Deus escolheu para levar avante Sua mensagem de verdade. Esses obreiros não estão trazendo maior eficiência à causa e ao reino de Deus, mas estão empenhados numa obra idêntica àquela em que o inimigo de toda a justiça se empenha. Que estes homens que se levantam contra os meios e modos ordenados por Deus para levar avante Sua obra nestes dias perigosos, se despojem de todos os pontos de vista não escriturísticos quanto à natureza, ofício e poder dos agentes designados por Deus. TM 53 3 Compreendam todos as palavras que agora escrevo. Os que são coobreiros de Deus, são apenas instrumentos Seus, e em si mesmos não possuem graça ou santidade essenciais. Unicamente quando estão cooperando com os seres celestiais é que têm êxito. São apenas vasos terrenos, os depositários aos quais Deus confia o tesouro de Sua verdade. Poderá Paulo plantar, Apolo regar, mas é Deus, tão-somente, que dá o crescimento. TM 54 1 Deus fala por meio dos agentes por Ele designados, e que nenhum homem, nem grupo de homens, insultem o Espírito de Deus recusando-se a ouvir a mensagem da Palavra divina dos lábios de Seus mensageiros escolhidos. Recusando-se a ouvir a mensagem de Deus, fecham-se os homens num aposento de trevas. Excluem sua própria alma das grandes bênçãos e roubam a Cristo da glória que Lhe deveria ser dada, mostrando desrespeito para com os agentes que designou. Acautelai-vos contra os falsos mestres TM 54 2 Deus não é autor de confusão, mas de paz. Mas Satanás é inimigo vigilante, que não dorme, sempre a trabalhar sobre mentes humanas, procurando solo para semear seu joio. Se encontra alguém a quem possa empurrar para o seu serviço, sugere-lhe idéias e teorias falsas, tornando-o zeloso em advogar o erro. A verdade não só converte, mas também opera a purificação do que a recebe. Jesus nos advertiu contra os falsos mestres. Desde o princípio de nossa obra, têm de quando em quando, surgido homens a advogarem teorias novas e sensacionais. Mas se os que alegam crer na verdade se dirigissem aos que têm experiência e se aproximassem da Palavra de Deus num espírito dócil e humilde, examinando suas teorias à luz da verdade e com o auxílio dos irmãos que têm sido diligentes estudantes das Escrituras, e ao mesmo tempo suplicassem a Deus, perguntando: É este o caminho do Senhor, ou é uma vereda falsa, para a qual Satanás me quer levar? então receberiam luz e escapariam do laço do passarinheiro. TM 55 1 Precavenham-se todos os nossos irmãos e irmãs de qualquer que marque tempo para o Senhor cumprir Sua palavra a respeito de Sua vinda, ou acerca de qualquer outra promessa de especial importância, por Ele feita. "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder." Falsos mestres podem parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem despender meios para apresentar ao mundo e à igreja as suas teorias; mas como misturam o erro com a verdade, sua mensagem é de engano, e levará almas para veredas falsas. Deve-se-lhes fazer oposição, não porque sejam homens maus, mas porque são mestres de falsidades e procuram colocar sobre a falsidade o sinete da verdade. TM 55 2 Que lástima, darem-se homens a tais trabalhos para descobrir alguma teoria errônea, quando existe abundância de preciosas gemas da verdade, pelas quais o povo pode ser enriquecido da mais santa fé. Em vez de ensinar a verdade, deixam a imaginação demorar-se naquilo que é novo e estranho, e lançam-se em desarmonia com aqueles que Deus usa para levar Seu povo para a plataforma da verdade. Lançam de lado tudo que já foi dito acerca da unidade de sentimento e pensamento, e pisam sobre a oração de Cristo como se a unidade em favor da qual orou não fosse essencial, e não houvesse necessidade de serem os Seus seguidores um, como Ele é um com o Pai. Escapam pela tangente e, como Jeú, convidam seus irmãos a seguirem seu exemplo de zelo pelo Senhor. TM 55 3 Se seu zelo os levasse a trabalhar no mesmo rumo em que trabalham os seus irmãos, que têm suportado o calor e fadiga do dia, se fossem tão perseverantes como eles para vencer desânimos e obstáculos, bem poderiam então ser imitados, e Deus os aceitaria. Mas merecem ser condenados os homens que iniciam uma proclamação de possuírem maravilhosa luz, e ao mesmo tempo puxam em sentido contrário aos agentes guiados por Deus. Foi este o procedimento de Coré, Datã e Abirã, e sua conduta se acha registrada como advertência a todos os outros. Não devemos fazer o que eles fizeram -- acusar e condenar aqueles sobre os quais Deus colocou o peso da obra. TM 56 1 Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Babilônia, têm feito uso dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação de minha mensagem -- unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: "Uni-vos, uni-vos, uni-vos"? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que "na união há força, na divisão há fraqueza"? São mensagens como as que esses homens têm proclamado, que dividem a igreja e trazem sobre nós opróbrio perante os inimigos da verdade; e nessas mensagens se revela claramente a astuta operação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as labaredas de seu próprio fogo, agem segundo seu próprio juízo independente, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Rejeitam o conselho de seus irmãos, e avançam em seu próprio caminho até se tornarem justamente o que Satanás deseja -- de espírito desequilibrado. TM 56 2 Advirto meus irmãos a que se guardem contra a operação de Satanás em todas as formas. O grande adversário de Deus e do homem exulta hoje por ter tido êxito em iludir almas, e em desviar seus meios e habilidade para condutos danosos. Seu dinheiro poderia ter sido empregado em promover a verdade presente, mas em vez disso foi expendido em apresentar noções que não têm base na verdade. ... Outro exemplo TM 57 1 Em 1845 um homem chamado Curtis, fez obra semelhante no Estado de Massachusetts. Apresentou uma falsa doutrina, entretecendo em suas teorias sentenças e trechos dos Testemunhos, e publicou-as no Day Star e em folhetos. Durante anos essas produções trouxeram seus frutos daninhos, acarretando opróbrio sobre os Testemunhos, que, como um todo, de modo algum apoiavam sua obra. Meu marido escreveu-lhe, perguntando-lhe o que intencionava, apresentando os Testemunhos entretecidos com suas próprias palavras, em apoio daquilo a que nos opúnhamos, e solicitou-lhe que corrigisse a impressão que seu trabalho causara. Ele se recusou terminantemente a fazê-lo, dizendo que suas teorias eram verdades, e que as visões deviam ter corroborado seus pontos de vista, e que elas virtualmente as apoiavam, mas que eu me esquecera de escrever os assuntos que explanavam suas teorias. TM 57 2 Sempre, desde o princípio da obra, têm surgido um após outro para efetuar essa espécie de trabalho, e eu tenho tido de dar-me ao incômodo, e incorrer nas despesas de contradizer essas falsidades. Eles têm publicado suas teorias, e iludido muitas almas, mas que Deus guarde as ovelhas do Seu pasto! TM 57 3 Insto com os que professam crer na verdade, que andem em união com os irmãos. Não procureis dar ao mundo ocasião de dizer que somos extremistas, que somos desunidos, que um ensina uma coisa e outro, outra. Evitai a dissensão. Esteja cada qual em guarda, e seja cuidadoso a fim de que seja encontrado na brecha, para restaurar a ruptura, em vez de se colocar junto do muro a procurar fazer uma brecha. Sejam todos cuidadosos para não clamarem contra o único povo que está cumprindo a descrição dada do povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus, e que exalta a norma de justiça nestes últimos dias. TM 58 1 Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em seus recursos para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. Tem Deus agentes divinamente designados -- homens a quem Ele está guiando, que suportaram o calor e a fadiga do dia, que cooperam com os instrumentos celestiais para promoverem o reino de Cristo em nosso mundo. Unam-se todos a esses agentes escolhidos, e sejam afinal encontrados entre os que têm a paciência dos santos, guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus. ... A carta TM 58 2 O que segue é a carta enviada ao irmão S.: Napier, Nova Zelândia TM 58 3 23 de Março de 1893 TM 58 4 Prezado irmão S.: TM 58 5 "Dirijo-vos algumas linhas. Não estou em harmonia com a posição que o irmão adotou, pois me foi mostrado pelo Senhor que justamente tal posição assumirão os que laboram em erro. Paulo nos deu advertências a esse respeito: 'Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.' TM 58 6 Meu irmão, soube que estais assumindo a posição de que a igreja adventista do sétimo dia é Babilônia e de que todos os que se querem salvar devem sair dela. Não sois o único homem que o diabo tem enganado nessa questão. Durante os últimos quarenta anos, um homem após outro tem-se levantado, alegando que o Senhor o enviou com a mesma mensagem; mas permiti-me dizer-vos, como a eles tenho dito, que essa mensagem que proclamais é um dos enganos satânicos destinados a criar confusão entre as igrejas. TM 59 1 Meu irmão, certamente estais fora do caminho. A mensagem do segundo anjo devia ir a babilônia [às igrejas] proclamando sua queda e convidando o povo a sair dela. Essa mesma mensagem deve ser proclamada pela segunda vez. 'E depois destas coisas vi descer do Céu outro anjo, que tinha grande poder, e a Terra foi iluminada com a sua glória. E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da Terra se prostituíram com ela; e os mercadores da Terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque já os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou das iniqüidades dela.' TM 59 2 Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, estais errado. Deus não vos deu nenhuma mensagem assim para proclamar. Satanás usará toda pessoa a que possa ter acesso, inspirando homens a criar falsas teorias, ou a se desviar por qualquer tangente errada, para dar origem a um falso excitamento, e assim desviar as almas do verdadeiro assunto para este tempo. Presumo que algumas pessoas poderão ser enganadas por vossa mensagem, porque estão cheias de curiosidade e do desejo de alguma coisa nova. TM 60 1 Entristece-me verdadeiramente serdes enganado de qualquer maneira pelas sugestões do inimigo, pois sei que a teoria que advogais não é a verdade. Apresentando as idéias que apresentais, causareis grande prejuízo tanto a vós mesmo como aos outros. Não procureis interpretar mal, torcer e perverter os Testemunhos para justificar qualquer mensagem de erro. Muitos já têm passado por esse terreno, e têm causado grande mal. Ao saírem outros precipitadamente, cheios de zelo, para proclamar essa mensagem, vez após vez, foi-me mostrado não ser ela a verdade. TM 60 2 Compreendo que também estais proclamando que não devemos dar o dízimo. Meu irmão, tirai o sapato de vossos pés, pois o lugar em que estais é terra santa. O Senhor falou com relação a dar os dízimos. Ele disse: 'Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.' Mas ao mesmo tempo em que pronuncia uma bênção sobre todos os que trazem seus dízimos, pronuncia uma maldição sobre os que os retêm. Muito recentemente tive luz direta do Senhor sobre essa questão, a de que muitos adventistas do sétimo dia estavam roubando a Deus nos dízimos e ofertas, e me foi claramente revelado que Malaquias apresentou o caso como ele realmente é. Como ousa então o homem até mesmo pensar em seu coração que uma sugestão para reter os dízimos e ofertas vem do Senhor? Onde, meu irmão, vos desviastes do caminho? Oh, ponde os vossos pés de novo no caminho reto! TM 60 3 Estamos perto do fim, mas se vós ou qualquer outro homem fordes seduzidos pelo inimigo e levados a estabelecer o tempo para a vinda de Cristo, estareis fazendo o mesmo mau trabalho que causou a ruína da alma dos que isto fizeram no passado. TM 61 1 Se estiverdes levando o jugo de Cristo, se estiverdes levantando Sua carga, vereis que há muito a fazer nos mesmos ramos em que os servos de Deus estão trabalhando -- em pregar a Cristo, e Este crucificado. Mas qualquer que se lance a proclamar uma mensagem que anuncie a hora, o dia ou o ano do aparecimento de Cristo, tomou um jugo e está proclamando uma mensagem que o Senhor nunca lhe deu. TM 61 2 Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador; mas a igreja militante não é a igreja triunfante. Há joio entre o trigo. 'Queres pois que vamos arrancá-lo?' foi a pergunta do servo; mas o pai de família respondeu: 'Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele.' A rede do evangelho apanha não só peixes bons, mas também ruins, e só o Senhor sabe quem são os Seus. TM 61 3 É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem estranha, nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que procuram andar na luz, componham Babilônia. As igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da existência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus. Estes erros e outros semelhantes são apresentados ao mundo pelas várias igrejas, e assim se cumprem as Escrituras que dizem: 'Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição.' É uma ira criada por doutrinas falsas, e quando reis e presidentes sorvem esse vinho da ira da sua prostituição, enchem-se de ódio contra os que não concordam com as heresias falsas e satânicas que exaltam o sábado falso, e levam os homens a pisarem a pés o monumento de Deus. TM 62 1 Anjos caídos formam, na Terra, confederações com homens maus. Nessa época aparecerá o anticristo, como o Cristo verdadeiro, e então a lei de Deus será anulada completamente entre as nações do mundo. Sazonará a rebelião contra a santa lei de Deus. Mas o verdadeiro chefe de toda essa rebelião é Satanás disfarçado em anjo de luz. Os homens serão iludidos e o exaltarão ao lugar de Deus, deificando-o. Mas a Onipotência intervirá, e às igrejas apostatadas que se unirem na exaltação de Satanás, se expedirá a sentença: 'Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga.'" TM 62 2 O alvo da pregação não é apenas prestar informação nem meramente convencer o intelecto. A pregação da Palavra deve apelar ao intelecto, e comunicar conhecimento; deve ela, porém, fazer mais do que isto. As palavras do ministro devem alcançar o coração dos ouvintes. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1904. ------------------------Capítulo 2 -- Advertências fiéis e sinceras O perigo de rejeitar a verdade TM 63 0 Cooranbong, Austrália, 30 de Maio de 1896 TM 63 1 Prezado Irmão _____: Voltava eu de uma reunião de oração. Sobreveio-me o espírito de intercessão, e fui induzida à oração mais sincera pelas almas de Battle Creek. Eu compreendo o perigo em que estão. O Espírito Santo de maneira especial me moveu a elevar petições em seu favor. TM 63 2 Deus não é o autor de coisa alguma pecaminosa. Ninguém deve temer ser singular se o cumprimento do dever assim o exige. Se evitar o pecado nos torna singulares, então a nossa singularidade é meramente a distinção entre a pureza e a impureza, a justiça e a injustiça. Por que a multidão prefere a vereda da transgressão, escolheremos nós a mesma? É-nos dito plenamente pela inspiração: "Não seguirás a multidão para fazeres o mal." Nossa posição deve ser claramente declarada: "Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor." TM 63 3 "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. ... E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Oxalá cada um daqueles cujo nome está escrito nos livros da igreja pudesse de coração pronunciar essas palavras. Os membros da igreja devem saber por experiência o que o Espírito Santo fará por eles. Abençoará o que O recebe e o tornará uma bênção. É de lamentar que nem todos estejam orando pelo sopro vital do Espírito, porquanto estaremos prestes a perecer se não o sentirmos. TM 64 1 Devemos orar pelo outorgamento do Espírito, como remédio para as almas doentes de pecado. A igreja precisa estar convertida. E por que nos não prostramos diante do trono da graça, como representantes da igreja e, com coração submisso e espírito contrito, suplicamos fervorosamente que o Espírito Santo seja derramado do Alto sobre nós? Oremos para que quando Ele for graciosamente concedido nosso frio coração seja reavivado, e possamos ter discernimento para compreender que Ele vem de Deus, e recebê-Lo com alegria. Alguns tratam o Espírito como a um hóspede que não é bem-vindo, recusando receber o rico dom, recusando reconhecê-Lo, dEle se desviando, e O condenando como fanatismo. TM 64 2 Quando o Espírito Santo trabalha sobre o agente humano, não nos pergunta em que maneira operará. Freqüentemente move-Se de maneira inesperada. Cristo não veio como os judeus esperavam, Ele não veio de maneira que os glorificasse como nação. Seu precursor veio para Lhe preparar o caminho, convidando o povo a se arrepender de seus pecados, a se converter e ser batizado. A mensagem de Cristo era: "O reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho." Os judeus recusaram-se a receber a Cristo porque não veio conforme sua expectativa. As idéias de homens finitos eram consideradas infalíveis porque estavam encanecidas pela idade. TM 64 3 Este é o perigo a que a igreja está agora exposta -- o de que as invenções de homens finitos determinem a maneira precisa em que o Espírito Santo deve vir. Embora não queiram reconhecê-lo, alguns já o têm feito. E porque o Espírito deve vir não para louvar o homem ou edificar-lhe as errôneas teorias, mas para convencer o mundo do pecado e da justiça e do juízo, muitos se afastarão dEle. Não desejam ser privados das vestes de sua justiça própria. Não desejam trocar sua própria justiça, que é injustiça, pela justiça de Cristo, que é a verdade pura e não adulterada. O Espírito Santo não lisonjeia o homem, tampouco opera segundo as idéias de qualquer homem. Não devem os homens finitos e pecaminosos manejar o Espírito Santo. Quando Este vier como um reprovador por meio de qualquer instrumento humano que Deus escolher, é o dever do homem ouvir e obedecer-Lhe a voz. A operação manifesta do Espírito Santo TM 65 1 Pouco antes de deixá-los, Cristo deu aos discípulos a promessa: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra." "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Enquanto essas palavras Lhe estavam nos lábios, ascendeu, recebendo-O uma nuvem de anjos e O escoltando até à cidade de Deus. Voltaram os discípulos a Jerusalém, sabendo agora, com certeza, que Jesus era o Filho de Deus. Sua fé estava desanuviada e eles esperavam, preparando-se pela oração e pela humilhação do coração diante de Deus, até vir o batismo do Espírito Santo. TM 66 1 "E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de repente veio do Céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." Havia nessa assembléia zombadores, que não reconheceram a obra do Espírito Santo e disseram: "Estão cheios de mosto." TM 66 2 "Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Varões judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel." Lede a história. O Senhor estava operando a Seu próprio modo; mas houvesse tal manifestação entre nós, a quem são chegados os fins dos séculos, e não haveria tais zombadores, como naquela ocasião? Os que não ficaram sob a influência do Espírito Santo, não a compreenderam. Para esta classe os discípulos pareciam homens embriagados. Testemunhas da cruz TM 66 3 Depois do derramamento do Espírito Santo, os discípulos, vestidos da armadura divina, saíram como testemunhas, para contar a maravilhosa história da manjedoura e da cruz. Eram homens humildes, mas saíram com a verdade. Após a morte de seu Senhor eram um grupo indefeso, desapontado e desanimado -- como ovelhas sem pastor; mas agora saem como testemunhas da verdade, sem outra arma senão a Palavra e o Espírito de Deus para triunfar sobre toda a oposição. TM 67 1 Seu Salvador fora rejeitado e condenado, e pregado na ignominiosa cruz. Os sacerdotes judeus e príncipes haviam declarado com escárnio: "Salvou aos outros, e a Si mesmo não pode salvar. Se é o rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nEle." Mas essa cruz, esse instrumento de vergonha e tortura, trouxe esperança e salvação ao mundo. A igreja se reuniu; seu desespero e consciente inutilidade os abandonara. Seu caráter fora transformado e eles se uniram pelos laços do amor cristão. Embora não tivessem riquezas, embora fossem contados pelo mundo como meros pescadores ignorantes, foram feitos pelo Espírito Santo testemunhas de Cristo. Sem honras ou reconhecimento terrenos, eram os heróis da fé. De seus lábios saíram palavras de eloquência e poder divino que abalaram o mundo. TM 67 2 O terceiro, quarto e quinto capítulos de Atos, dão um relato de seu testemunho. Os que rejeitaram e crucificaram o Salvador esperavam ver os discípulos desanimados, abatidos e prontos para negar a seu Senhor. Com espanto ouviram o testemunho claro e ousado, dado sob o poder do Espírito Santo. As palavras e obras dos discípulos representaram as palavras e obras de seu Mestre; e todos os que os ouviam diziam: Estes aprenderam de Jesus. Eles falam como Ele falava. "E os apóstolos davam com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça." TM 67 3 Os principais dos sacerdotes e autoridades julgavam-se competentes para decidir o que os apóstolos deveriam fazer e ensinar. Ao saírem por todas as partes pregando a Jesus, os homens que estavam sob a operação do Espírito Santo fizeram muitas coisas que os judeus não aprovavam. Havia perigo de que as idéias e doutrinas dos rabinos fossem desacreditadas. Criavam os apóstolos um maravilhoso excitamento. O povo levava para a rua os seus doentes, e os afligidos por espíritos imundos; as multidões se aglomeravam ao seu redor e os que haviam sido curados davam louvores a Deus e glorificavam o nome de Jesus, Aquele mesmo que os judeus haviam condenado, escarnecido, sobre quem haviam cuspido, a quem haviam coroado de espinhos e feito com que fosse açoitado e crucificado. Esse Jesus era exaltado acima dos sacerdotes e governadores. Até mesmo declaravam os apóstolo haver Ele ressuscitado dos mortos. Decidiram as autoridades judaicas que esta obra precisava e devia ser impedida, pois demonstrava que eram culpados do sangue de Jesus. Viam que os conversos à fé se estavam multiplicando. "E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais." Prisão e encarceramento dos apóstolos TM 68 1 Então levantou-se o "sumo sacerdote e todos os que estavam com ele (e eram eles da seita dos saduceus)", que achavam não haver ressurreição dos mortos. As asserções feitas pelos apóstolos de que tinham visto a Jesus depois de Sua ressurreição e de que Ele ascendera ao Céu, estavam derribando princípios fundamentais da doutrina dos saduceus. Isso não se deveria permitir. Os sacerdotes e autoridades encheram-se de indignação, e lançaram mãos dos apóstolos, pondo-os na prisão comum. Os discípulos não se deixaram intimidar ou ficar abatidos. Foram-lhes trazidas à mente as palavras de Cristo na última lição que lhes dera: "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele." "Mas quando vier o Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade que procede do Pai, Ele testificará de Mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio. Tenho-vos dito estas coisas para que vos não escandalizeis. Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus. E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a Mim. Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito." Pregando de maneira diversa das doutrinas estabelecidas TM 69 1 "Mas de noite um anjo do Senhor abriu as portas da prisão, e, tirando-os para fora, disse: Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida." Vemos aqui que nem sempre devem os homens em autoridade ser obedecidos, ainda mesmo que professem ser mestres da doutrina bíblica. Muitos há hoje em dia que ficam indignados e ofendidos de que alguma voz se levante apresentando idéias que divergem das suas com relação a pontos de crença religiosa. Não têm eles há muito advogado que suas idéias são verdadeiras? Assim raciocinavam os sacerdotes e rabis nos dias apostólicos: Que querem dizer esses homens iletrados, alguns deles simples pescadores, que apresentam idéias contrárias às doutrinas que os letrados sacerdotes e autoridades estão ensinando ao povo? Não têm eles direito de se imiscuir com os princípios fundamentais de nossa fé. TM 69 2 Mas vemos que o Deus do Céu às vezes comissiona homens para ensinarem o que é considerado contrário às doutrinas estabelecidas. Visto aqueles que uma vez foram os depositários da verdade se tornarem infiéis ao Seu sagrado depósito, o Senhor escolheu outros que receberiam os brilhantes raios do Sol da Justiça e defenderiam verdades que não estavam de acordo com as idéias dos líderes religiosos. E então esses líderes, na cegueira de sua mente, dão ampla vazão ao que se supõe ser justa indignação contra aqueles que puseram de lado fábulas acariciadas. Agem como homens que perderam a razão. Não consideram a possibilidade de eles mesmos não terem compreendido corretamente a Palavra. Não abrem os olhos para discernir o fato de que têm interpretado e aplicado mal as Escrituras, edificando falsas teorias e chamando-as doutrinas fundamentais da fé. TM 70 1 Mas, de tempos em tempos o Espírito Santo revelará a verdade por meio de Seus instrumentos escolhidos; e nenhum homem, nem mesmo um sacerdote ou autoridade tem o direito de dizer: Não dareis publicidade às vossas opiniões, porque eu não creio nelas. O maravilhoso "Eu" pode tentar derribar os ensinos do Espírito Santo. Por algum tempo podem os homens tentar sufocá-los e matá-los; mas isso não tornará o erro verdade nem a verdade erro. A mente inventiva dos homens tem adiantado opiniões especulativas em vários sentidos, e quando o Espírito Santo deixa a luz brilhar no espírito humano, não respeita todos os pontos da aplicação do homem à Palavra. Deus impressionou a Seus servos para dizerem a verdade sem tomar em consideração o que os homens supunham ser a verdade. Perigos presentes TM 70 2 Mesmo os adventistas do sétimo dia correm o perigo de fechar os olhos à verdade conforme ela é em Jesus, porque contradiz algo que eles supunham ser a verdade, mas que o Espírito Santo ensina não ser. Sejamos todos bem modestos, e procuremos com o maior fervor pôr o eu fora de questão, e exaltar a Jesus. Na maior parte das controvérsias religiosas o fundamento da dificuldade é que o eu se esforça pela supremacia. Acerca de quê? -- Acerca de questões que não são absolutamente pontos vitais, e que apenas assim são considerados porque os homens lhes têm dado importância. Ver Mateus 12:31-37; Marcos 14:56; Lucas 5:21 e Mateus 9:3. TM 71 1 Mas sigamos a história dos homens que os sacerdotes e autoridades judaicas julgavam tão perigosos, porque estavam introduzindo novos e estranhos ensinos em quase toda questão teológica. A ordem dada pelo Espírito Santo: "Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida", foi obedecida pelos apóstolos; "e... entraram de manhã cedo no templo, e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o conselho, e a todos os anciãos dos filhos de Israel, e enviaram ao cárcere, para que de lá os trouxessem. Mas, tendo lá ido os servidores, não os acharam na prisão, e, voltando, lho anunciaram, dizendo: Achamos realmente o cárcere fechado, com toda a segurança, e os guardas, que estavam fora, diante das portas; mas, quando abrimos, ninguém achamos dentro. Então o capitão do templo e os principais dos sacerdotes, ouvindo estas palavras, estavam perplexos acerca deles e do que viria a ser aquilo. E, chegando um, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que encarcerastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo. Então foi o capitão com os servidores e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo)." Se os sacerdotes e autoridades tivessem ousado executar seus próprios sentimentos quanto aos apóstolos, o relato teria sido bem diferente; pois o anjo de Deus era observador naquela ocasião para engrandecer o Seu nome se qualquer violência tivesse sido feita a Seus servos. Resposta dos apóstolos TM 72 1 "E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo: Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse Homem." Ver Mateus 23:34, 35. "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-O no madeiro. Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados. E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que Lhe obedecem. E, ouvindo eles isto se enfureciam, e deliberaram matá-los." TM 72 2 Então o Espírito Santo moveu a Gamaliel, um fariseu, "doutor da lei, venerado por todo o povo". Seu conselho foi: "Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus." "E concordaram com ele." Preconceito dos que tinham autoridade TM 72 3 Contudo os atributos de Satanás de tal maneira lhes dominaram a mente que não obstante os maravilhosos milagres operados na cura de doentes e na libertação dos servos de Deus da prisão, os sacerdotes e autoridades estavam tão cheios de preconceito e de ódio que dificilmente puderam ser contidos. "E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir. Retiraram-se pois da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo." A misericórdia de Deus é exemplificada TM 73 1 Podemos ver que evidências foram dadas aos sacerdotes e autoridades, e quão firmemente resistiram ao Espírito de Deus. Os que pretendem ter sabedoria e piedade superior podem cometer os erros mais terríveis e fatais (para consigo mesmos) se permitirem que seu espírito seja moldado por outro poder e seguirem uma atitude de resistência ao Espírito Santo. O Senhor Jesus ali estava presente naquela assembléia, representado pelo Espírito Santo, mas eles não O discerniram. Por um momento sentiram a convicção do Espírito, de que Jesus era o Filho de Deus; mas abafaram a convicção, e se tornaram mais cegos e endurecidos que dantes. Mesmo depois de terem crucificado o Salvador, Deus, em Sua misericórdia, lhes enviara mais evidências nas obras operadas pelos apóstolos. Ele lhes estava fazendo outro apelo ao arrependimento, mesmo na terrível acusação feita contra eles pelos apóstolos, de que haviam matado o Príncipe da Vida. TM 73 2 Não foi somente o pecado de levar à morte o Filho de Deus que os separou da salvação, mas a sua persistência em rejeitar a luz e a convicção do Espírito Santo. O espírito que opera nos filhos da desobediência, neles operava, levando-os a injuriar os homens por meio de quem Deus lhes estava dando um testemunho. Reapareceu a malignidade da rebelião, sendo intensificada em cada ato sucessivo de resistência aos servos de Deus e à mensagem que Ele lhes ordenara declarar. Resistência à verdade TM 74 1 Cada ato de resistência torna mais difícil ceder. Sendo os líderes do povo, julgaram os sacerdotes e autoridades ser sua obrigação defender o rumo que haviam tomado. Deviam provar que estavam certos. Tendo-se entregue à oposição a Cristo, cada ato de resistência se tornou mais um incentivo para continuar no mesmo caminho. Os acontecimentos de sua carreira passada de oposição são como que tesouros preciosos para serem ciosamente guardados. E o ódio e a malignidade que inspiravam esses atos concentram-se contra os apóstolos. TM 74 2 O Espírito de Deus revelou Sua presença àqueles que, sem tomar em consideração o medo ou o favor dos homens, declararam a verdade que lhes fora confiada. Sob a demonstração do poder do Espírito Santo, viram os judeus sua culpa ao recusar a evidência que Deus lhes enviara; mas não queriam desistir de sua ímpia resistência. Sua obstinação tornou-se cada vez mais determinada, e causou a ruína de suas almas. Não é que não pudessem render-se, pois poderiam, mas não o quiseram fazer. Não somente foram culpados e merecedores da ira, mas também se armaram dos atributos de Satanás e determinadamente continuaram a se opor a Deus. Cada dia, ao recusarem arrepender-se, assumiam de novo sua rebelião. Preparavam-se para colher o que haviam semeado. A ira de Deus não é meramente declarada contra os homens devido aos pecados que cometeram, mas por preferirem continuar num estado de resistência, e, embora tenham luz e conhecimento, repetirem seus pecados do passado. Se se submetessem, seriam perdoados; mas determinaram não ceder. Desafiam a Deus por sua obstinação. Essas almas se entregaram a Satanás e ele as domina de acordo com sua vontade. TM 75 1 Como aconteceu com os rebeldes habitantes do mundo antediluviano? Depois de rejeitarem a mensagem de Noé, mergulharam no pecado com maior abandono que em qualquer ocasião anterior, e duplicaram a enormidade de suas práticas corruptoras. Os que recusam reformar-se pela aceitação de Cristo, nada encontram de reformador no pecado; sua mente é levada a continuar seu espírito de revolta, e não são forçados à submissão, e jamais o serão. O juízo que Deus trouxe sobre o mundo antediluviano, declarou-o incurável. A destruição de Sodoma proclamou que os habitantes da mais bela terra do mundo eram incorrigíveis no pecado. O fogo e o enxofre do Céu consumiram tudo, menos a Ló, sua esposa e duas filhas. A esposa, voltando-se para trás em desrespeito à ordem de Deus, tornou-se numa estátua de sal. TM 75 2 Como Deus suportou a nação judaica enquanto murmuravam e eram rebeldes, quebrando o sábado e todos os outros preceitos da lei! Repetidamente, declarou que eram piores do que os pagãos. Cada geração ultrapassava a precedente na culpa. O Senhor permitiu que entrassem em cativeiro; mas depois de sua libertação Seus reclamos foram esquecidos. Tudo aquilo que Ele confiou àquele povo para que conservasse sagrado, foi pervertido ou deslocado pelas invenções de homens rebeldes. Cristo lhes disse em Seus dias: "Não vos deu Moisés a Lei? e nenhum de vós observa a lei". E esses eram os homens que se arvoravam em juízes e censores sobre aqueles a quem o Espírito Santo estava levando a declarar a palavra de Deus ao povo. Ver João 7:19-23, 27, 28; Lucas 11:37-52. Deve-se deixar o Espírito Santo desembaraçado TM 76 1 Lede estas passagens ao povo. Lede cuidadosa e solenemente e o Espírito Santo estará ao vosso lado, para impressionar a mente quando vós as lerdes. Mas não deixeis de ler com o verdadeiro senso da Palavra no coração. Se Deus jamais falou por meu intermédio, muito significam estas passagens para os que as ouvirem. TM 76 2 Devem os homens finitos evitar dominar os seus semelhantes, assumindo o lugar determinado para o Espírito Santo. Não julguem os homens ser sua prerrogativa dar ao mundo o que eles supõem ser a verdade, impedindo que a este seja dada qualquer coisa contrária às suas idéias. Não é esta a sua obra. Muitas coisas aparecerão distintamente como verdade que não serão aceitáveis aos que pensam que suas próprias interpretações das Escrituras são sempre corretas. Haverá necessidade de fazer as mais decididas mudanças com relação às idéias que alguns aceitam como sem jaça. Esses homens dão evidências de falibilidade em muitíssimas maneiras; trabalham sob princípios que a Palavra de Deus condena. O que me faz sentir até às próprias profundezas do meu ser, e me faz saber que suas obras não são de Deus, é suporem que têm autoridade para governar seus semelhantes. O Senhor não lhes dá mais direito de governar aos outros do que dá aos outros o de governá-los. Os que assumem o controle de seus semelhantes, tomam em suas mãos finitas um trabalho que somente compete a Deus. TM 76 3 Que homens conservem vivo o espírito que corria desenfreadamente em Mineápolis, é uma ofensa a Deus. Todo o Céu está indignado com o espírito que por anos se tem revelado em nossa casa publicadora de Battle Creek. Pratica-se injustiça que Deus não tolerará. Ele punirá essas coisas. Tem-se ouvido uma voz apontando os erros, e, em nome do Senhor apelando para decidida mudança. Mas quem tem seguido as instruções dadas? Quem tem humilhado o coração para dele expulsar todo o vestígio de seu espírito ímpio e opressor? Temos sentido grande responsabilidade de apresentar estas questões diante do povo como são. Sei que as verão. Sei que os que lerem este assunto reconhecerão seu erro. Uma mensagem fiel TM 77 1 Hobart, Tasmânia, 1 de Maio de 1895. TM 77 2 Muitos perderam sua fé no advento. Por abundar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Muitos há que perderam sua fé no advento. Vivem para o mundo, e enquanto dizem no seu coração, como gostariam que fosse, "o meu Senhor tarde virá", estão espancando os seus conservos. Fazem-no pela mesma razão que Caim matou Abel. Abel determinou adorar a Deus de acordo com a orientação que Este lhe dera. Isso desagradou a Caim. Achou que seus planos eram melhores, e que o Senhor chegaria a um acordo. Caim, em sua oferta, não reconheceu a sua dependência de Cristo. Achou que seu pai Adão fora tratado com aspereza ao ser expulso do Éden. A idéia de conservar esse pecado sempre em mente, e oferecer o sangue do cordeiro sacrificado como confissão de inteira dependência de um poder que estava fora de si mesmo, era uma tortura para o espírito altivo de Caim. Sendo mais velho, achou que Abel lhe devia seguir o exemplo. Quando a oferta de Abel foi aceita por Deus e o fogo santo consumiu o sacrifício, a ira de Caim tornou-se excessivamente grande. O Senhor condescendeu em lhe explicar a questão; mas ele não queria reconciliar-se com Deus, e odiou a Abel porque o Senhor lhe foi favorável. Ficou tão irado que matou a seu irmão. TM 78 1 O Senhor tem uma controvérsia com todos os homens que, por sua descrença e dúvida estão dizendo que Ele retarda a Sua vinda, e que têm ferido aos seus conservos, comendo e bebendo com (operando com o mesmo princípio que) os temulentos; estão embriagados, mas não de vinho; eles cambaleiam, mas não de bebida forte. Satanás lhes tem dominado a razão e não sabem em que tropeçam. Resultado da separação de Deus TM 78 2 Logo que um homem se separa de Deus de tal modo que seu coração não esteja sob o poder do Espírito Santo, revelar-se-ão os atributos de Satanás, e ele começará a oprimir os seus semelhantes. Dele emana uma influência contrária à verdade, e à justiça e ao juízo. Tal disposição se manifesta em nossas instituições, não somente na relação dos obreiros uns para com os outros, mas no desejo manifestado por uma instituição de dominar todas as outras. Os homens a quem se confiaram pesadas responsabilidades, mas que não têm comunhão viva com Deus, têm estado e ainda estão ofendendo ao Seu Santo Espírito. Estão transigindo com o mesmo espírito que Coré, Datã e Abirã, e como os judeus nos dias de Cristo. Ver Mateus 12:22-29, 31-37. Freqüentemente têm vindo de Deus advertências a esses homens, mas eles as têm posto de lado e se aventurado a seguir no mesmo rumo. TM 79 1 Lede as palavras de Cristo em Mateus 23:23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas." Essas denúncias são feitas como advertências a todos os que "exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade". Estes dizem: "Somos livres, podemos fazer todas estas abominações". Eles dizem: "Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas. Assim", disse Jesus, "vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas." Que lições há aqui! quão terríveis e decisivas! Jesus disse: "Portanto, eis que Eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade." Essa profecia foi literalmente cumprida pelos judeus no tratamento que deram a Cristo e aos mensageiros que Deus lhes enviou. Seguirão os homens nesses últimos dias o exemplo daqueles que Cristo condenou? TM 79 2 Essas terríveis predições não têm eles até aqui cumprido plenamente; mas se Deus lhes poupar a vida, e nutrirem o mesmo espírito que assinalou sua atitude tanto antes como depois da reunião de Mineápolis, imitarão plenamente os atos daqueles que Cristo condenou quando esteve na Terra. TM 79 3 Os perigos dos últimos dias impendem sobre nós. Lede Mateus 25:14. Satanás assume o domínio de toda mente que não está decididamente sob o domínio do Espírito de Deus. Alguns vêm cultivando ódio contra os homens a quem Deus comissionou para dar uma mensagem especial ao mundo. Eles começaram essa satânica obra em Mineápolis. Mais tarde, ao verem e sentirem a demonstração do Espírito Santo, que testificava que a mensagem era de Deus, odiaram-na ainda mais, pois eram um testemunho contra eles. Não queriam humilhar o coração para se arrependerem, darem glória a Deus, e vindicarem o direito. Prosseguiram em seu próprio espírito, cheios de inveja, ciúme e más suspeitas, como os judeus. Abriram o coração ao inimigo de Deus e do homem. Contudo esses homens têm ocupado posições de confiança e têm moldado a obra à sua semelhança, tanto quanto podem. ... Exortação ao arrependimento TM 80 1 Aqueles que hoje são os primeiros, que têm sido infiéis à causa de Deus, logo serão os últimos, a menos que se arrependam. A não ser que imediatamente caiam sobre a Rocha e sejam quebrantados, e nasçam de novo, continuará a ser nutrido o espírito que vem sendo alimentado. A doce voz da misericórdia não será por eles reconhecida. A religião bíblica em particular e em público, será para eles uma coisa do passado. Ardorosamente têm falado contra o entusiasmo e o fanatismo. A fé que apela a Deus para aliviar o sofrimento humano, fé que Deus tem ordenado a Seu povo exercer, é chamada fanatismo. Se alguma coisa há na Terra que deva inspirar os homens com santificado zelo, essa é a verdade tal como é em Jesus. É a sublime e grande obra da redenção. É Cristo para nós feito sabedoria, justiça, santificação e redenção. TM 80 2 Freqüentemente tem o Senhor, em Sua providência tornado manifesto que nada menos que a verdade revelada, a Palavra de Deus, pode resgatar o homem do pecado ou guardá-lo da transgressão. Aquela Palavra que revela a culpa do pecado, tem sobre o coração humano o poder de endireitar o homem e assim o conservar. O Senhor diz que a Sua Palavra deve ser estudada e obedecida; deve ser levada para a vida prática; esta Palavra é tão inflexível como o caráter de Deus -- é a mesma ontem, hoje e eternamente. A verdadeira inspiração ao entusiasmo TM 81 1 Se algo há em nosso mundo que deva inspirar entusiasmo é a cruz do Calvário. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele." "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Cristo deve ser aceito, crido e exaltado. Este deve ser o tema da conversa: A preciosidade de Cristo. A verdade deve ser entronizada no coração TM 81 2 Há em Battle Creek uma classe que tem a verdade plantada no coração. Ela é para eles o poder de Deus para a salvação. Mas a menos que a verdade esteja entronizada no coração e se opere uma perfeita transição das trevas para a luz, aqueles que têm nas mãos sagradas responsabilidades são ministros das trevas, guias cegos dos cegos. "São nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas." Deus requer que toda alma que menciona o Seu nome tenha a verdade entronizada no coração. O tempo em que vivemos o exige. A eternidade o exige. Exige-o a religião pura. Divertimentos mundanos Festas de prazer TM 82 1 Enquanto tem havido tanto medo de excitamento e entusiasmo no serviço de Deus, tem havido manifesto entusiasmo em outro sentido que a muitos parece completamente adequado. Refiro-me às festas de prazer que se têm realizado entre nosso povo. Tais ocasiões têm tomado muito do tempo e atenção do povo que professa ser servo de Cristo; mas tendem essas assembléias para glória do Seu nome? Foi Jesus convidado a presidi-las? As reuniões de intercâmbio social podem ser no mais alto grau tornadas úteis e instrutivas quando os que se reúnem têm o amor de Deus a lhes arder no coração, quando se reúnem para trocar idéias sobre a Palavra de Deus, ou para considerar métodos para o avanço de Sua obra, e fazer bem aos seus semelhantes. Quando nada se diz ou faz para entristecer o Espírito Santo de Deus, antes Este é considerado hóspede bem-vindo, então Deus é honrado e aqueles que se reúnem serão refrigerados e fortalecidos. "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dEle, para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro." TM 82 2 Mas tem havido uma classe de reuniões sociais em Battle Creek de caráter inteiramente diferente, festas de prazer que têm sido uma infelicidade para as nossas instituições e para a igreja. Incentivam o orgulho do vestuário, o orgulho da aparência, satisfação própria, hilaridade e leviandade. Satanás é recebido como hóspede honrado, e toma posse dos que patrocinam essas reuniões. Foi-me apresentada uma visão de tal grupo, onde se reuniram os que professavam crer na verdade. Um estava assentado a um instrumento musical, e tocava músicas que fizeram os anjos observadores chorarem. Havia júbilo, havia rudes gargalhadas, havia abundância de entusiasmo e uma espécie de inspiração; mas a alegria era daquela que somente Satanás é capaz de criar. É esse um entusiasmo e enfatuação de que todos os que amam a Deus se envergonharão. Prepara os participantes para pensamentos e ações não santificados. Tenho razão de pensar que alguns dos que estavam participando dessa cena arrependeram-se profundamente da vergonhosa atuação. O efeito de tais ajuntamentos TM 83 1 Muitos desses ajuntamentos me têm sido mostrados. Tenho visto o gracejo, a ostentação no vestuário, o adorno pessoal. Todos esperam ser considerados brilhantes, e se entregam à hilaridade, a tolos gracejos, à lisonja barata e rude, e a ruidosas gargalhadas. Os olhos cintilam, as faces enrubescem, a consciência adormece. Com comidas, bebidas e folguedos, fazem o máximo para esquecer a Deus. As cenas de prazer são o seu paraíso. E os Céus estão contemplando, a tudo vendo e ouvindo. O esporte de ciclismo TM 83 2 Voltai para outra cena. Nas ruas da cidade reúne-se um grupo para uma corrida de bicicleta. Nesse grupo estão também os que professam conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. Mas daqueles que contemplam a excitante corrida, quem seria capaz de pensar que os que assim se exibiam eram os seguidores de Cristo? Quem suporia que qualquer pessoa daquele grupo sentia sua necessidade de Cristo? Quem pensaria que eles reconheciam o valor de seu tempo e de suas forças físicas como sendo dons de Deus, que deviam ser preservados para o Seu serviço? Quem pensa no perigo de acidentes, ou em que a morte pode ser o resultado de sua selvagem prossecução? Quem tem orado pela presença de Jesus e a proteção dos anjos ministradores? É Deus honrado por essas realizações? Satanás está disputando o jogo da vida por essas almas, e muito se alegra com o que vê e ouve. Uma profanação da religião TM 84 1 O cristão, uma vez fervoroso, que entra nesses esportes, está na descida. Abandonou a região saturada pela atmosfera vital do Céu, e mergulhou numa atmosfera de névoa e cerração. Pode ser que algum crente humilde seja induzido a se unir a esses esportes. Mas se ele mantiver sua ligação com Cristo não poderá participar de coração dessa cena excitante. As palavras que ouve não são convenientes, pois não são a linguagem de Canaã. Os locutores não dão evidência de estarem fazendo melodias a Deus em seu coração. Mas há inconfundível evidência de que Deus é esquecido. Ele não está em todos os seus pensamentos. Estas festas de prazer e ajuntamentos para excitantes esportes compostos dos que professam ser cristãos, são uma profanação da religião e do nome de Deus. Operação enganosa de Satanás TM 84 2 O teor da conversa revela os tesouros do coração. Palestra barata e comum, as palavras lisonjeiras, o gracejo insensato, ditos para provocar risada, são a mercadoria de Satanás, e todos os que transigem com esta conversa, estão negociando suas mercadorias. Fazem-se impressões sobre os que tais coisas ouvem, semelhantes às que se fizeram em Herodes quando a filha de Herodias dançou diante dele. Todo esse relatório é registrado nos livros do Céu; e no último e grande dia aparecerá em sua verdadeira luz perante os culpados. Então todos discernirão nele a operação sedutora e enganadora do diabo para conduzi-los à estrada larga e à porta ampla que se abrem para sua ruína. Os professos cristãos como chamarizes de Satanás TM 85 1 Satanás tem estado a multiplicar as suas ciladas em Battle Creek; e cristãos professos que são superficiais no caráter e na experiência religiosa são pelo tentador usados como chamarizes. Essa classe está sempre pronta para reuniões de prazer ou esporte, e a sua influência atrai os outros. Moços e moças que têm procurado ser cristãos bíblicos são persuadidos a se unir ao grupo e são atraídos para o círculo. Não consultam com oração a norma divina para saber o que Cristo disse quanto ao fruto a ser produzido na árvore cristã. Não discernem que estes entretenimentos são realmente o banquete de Satanás, preparados para evitar que as almas aceitem o chamado à ceia das bodas do Cordeiro; que os impedem de receber as vestes brancas do caráter, que é a justiça de Cristo. Ficam confusos quanto ao que é certo fazerem como cristãos. Não desejam ser considerados excêntricos, e naturalmente se inclinam a seguir o exemplo dos outros. Assim ficam sob a influência dos que nunca sentiram o toque divino no coração ou na mente. TM 85 2 Nessas excitantes reuniões, seduzidos pelo encanto e pela paixão da influência humana, jovens que foram cuidadosamente instruídos a obedecer à lei de Deus são levados a se prender àqueles cuja educação tem sido um erro, e a experiência religiosa, uma fraude. Vendem-se para um cativeiro que dura por toda a vida. Enquanto viverem, ficarão embaraçados por sua união com um caráter barato e superficial, com alguém que vive para a ostentação, mas que não tem o precioso adorno interior, o ornamento de um espírito manso e humilde, que à vista de Deus é de grande preço. Ao chegarem a doença e a morte àqueles que viveram para agradar meramente a si mesmos, verificam não terem provido óleo nos vasos e nas lâmpadas e estão completamente incapacitados para terminar a história de sua vida. Assim tem sido, e assim sempre será. TM 86 1 Perguntamos aos que têm tido grande luz em Battle Creek: Perdeu a verdade de Deus o domínio sobre a alma? Empalideceu o ouro fino? Qual tem sido a causa desse fanatismo e desse entusiasmo? Terrível responsabilidade repousa sobre os pais amantes do mundo e egoístas, pois o pecado lhes jaz à porta. Quanto mais favorável seria se os prédios escolares que agora estão em Battle Creek estivessem bem longe da cidade, e afastados de tão grande colônia de professos observadores do sábado! Deplorável convicção está ganhando terreno TM 86 2 Está ganhando terreno no mundo a convicção de que os adventistas do sétimo dia estão dando à trombeta um sonido incerto, de que estão seguindo os caminhos dos mundanos. Há em Battle Creek famílias que se estão separando de Deus, planejando contrato de casamento com os que nenhum amor têm a Deus, com os que levam vida frívola, os que nunca praticaram a abnegação, e não sabem por experiência o que significa ser colaboradores de Deus. Coisas estranhas estão sendo tramadas. Aspectos falsos do cristianismo estão sendo recebidos e ensinados, e que prendem a alma na falácia e engano. Os homens estão andando à luz das centelhas que eles mesmos acenderam. Os que amam e temem a Deus não descerão ao nível do mundo, escolhendo a companhia dos vãos e levianos. Não ficarão encantados com os homens e mulheres que não são convertidos. Eles testemunharão de Jesus e então Jesus os defenderá. Trato desonesto nos negócios TM 87 1 Alguns daqueles que conhecem a verdade mas não a praticam, estão pisando a pés a lei de Deus em suas transações comerciais. Não nos devemos associar intimamente com eles para não pegarmos seu espírito e partilharmos de sua condenação. Ao falar de certos atos de seus filhos, e que ele contemplava com horror, o patriarca Jacó exclamou: "No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte." Ele achou que sua própria glória estaria comprometida se ele se associasse com os pecadores em seus feitos. Ele arvora o sinal de perigo para nos afastar de tais associações, a fim de não nos tornarmos participantes de seus maus feitos. Por meio do apóstolo Paulo faz o Espírito Santo idêntica advertência: "Não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as." A verdadeira atitude do cristão TM 87 2 O eterno Deus traçou a linha de distinção entre os santos e os pecadores, os convertidos e os não convertidos. As duas classes não se misturam imperceptivelmente uma com a outra, como as cores do arco-íris. São tão distintas como o meio-dia e a meia-noite. TM 87 3 Os que procuram a justiça de Cristo demorar-se-ão nos temas da grande salvação. A Bíblia é o celeiro que lhes supre a alma com o alimento nutritivo. Meditam sobre a encarnação de Cristo, contemplam o grande sacrifício feito para salvá-los da perdição, para lhes levar o perdão, a paz e a justiça eterna. A alma está aquecida com esses grandes e elevados temas. A santidade e a verdade, a graça e a justiça, ocupam os pensamentos. Morre o eu, e Cristo vive em seus servos. Na contemplação da verdade arde neles o coração, como o coração dos dois discípulos ao irem para Emaús, e Cristo andar com eles pelo caminho, abrindo-lhes as Escrituras concernentes a Si mesmo. TM 88 1 Quão poucos reconhecem que Jesus, invisível, está andando a seu lado! Quão envergonhados ficariam muitos se ouvissem Sua voz a lhes falar, e de saber que Ele ouviu toda a sua conversa insensata e comum! E quantos corações arderiam com santa alegria se tão-somente soubessem que o Salvador estava a seu lado, que a santa atmosfera de Sua presença os rodeava, e que se estavam alimentando do pão da vida! Quanto se agradaria o Salvador de ouvir Seus seguidores falarem de Suas preciosas e instrutivas lições, e de saber que eles tinham gosto pelas coisas santas! Quando a verdade habita no coração, não há lugar para a crítica dos servos de Deus, ou para achar defeitos na mensagem que Ele envia. O que está no coração fluirá dos lábios. Não pode ser reprimido. O tema da conversação será as coisas que Deus preparou para aqueles que O amam. O amor de Cristo está na alma como uma fonte de água que jorra para a vida eterna, enviando correntes vivas que levam vida e alegria para onde quer que jorrem. Rejeitando a luz TM 89 1 Deus diz a Seus servos: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó os seus pecados." Mas quando o testemunho claro e direto vem de lábios que estão sob a inspiração do Espírito de Deus, muitos há que o tratam com desdém. Entre nós há os que, por atos, senão por palavras, "dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e tende para nós enganadoras lisonjas. Desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que deixe de estar o Santo de Israel perante nós. Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto como rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre isso vos estribais, por isso esta maldade vos será como a parede sem vida, que já forma barriga desde o mais alto sítio, e cuja queda virá subitamente, num momento. ... Porque assim diz o Senhor Jeová, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes." A necessidade de purificação do coração TM 89 2 Pergunto aos que estão em posições de responsabilidade em Battle Creek: Que estais fazendo? Voltastes as costas, e não o rosto, para o Senhor. Há necessidade de uma purificação do coração, dos sentimentos, das simpatias, das palavras, quanto ao mais momentoso dos assuntos -- o Senhor Deus, a eternidade, a verdade. Qual a mensagem a ser dada neste tempo? -- É a mensagem do terceiro anjo. Mas essa luz, que deve encher toda a Terra de sua glória, tem sido desprezada por alguns dos que pretendem crer na verdade presente. Cuidai de como a tratais. Descalçai os sapatos de vossos pés; pois estais em terreno santo. Cuidai de como transigis com os atributos de Satanás, e derramais desprezo sobre a manifestação do Espírito Santo. Não sei se alguns agora não têm ido longe demais para voltarem e se arrependerem. Comunicação de luz TM 90 1 Digo a verdade. As almas que amam a Deus, que crêem em Cristo, e que ansiosamente seguram cada raio de luz, verão a luz, e se regozijarão na verdade. Estas comunicarão a luz. Crescerão na santidade. Os que recebem o Espírito Santo, sentirão a atmosfera gelada que cerca a alma de outros por quem essas grandes e solenes realidades não são apreciadas e sim combatidas. Sentem que estão no conselho dos ímpios, dos que estão no caminho dos pecadores e se assentam no assento dos escarnecedores. TM 90 2 A Palavra de Deus diz a verdade. Não há mentira. Nela não há nada forçado; nada extremo; nada exagerado. Devemos aceitá-la como sendo a palavra do Deus vivo. Em obediência a esta palavra, tem a igreja deveres a realizar que não efetuou. Não devem fugir do posto do dever; mas na prova e na tentação devem apoiar-se mais intensamente em Deus. Há dificuldades a enfrentar, mas o povo de Deus se deve levantar como uma só alma para enfrentar as emergências. Há deveres a desempenhar para a igreja e para nosso Deus. TM 90 3 O Espírito de Deus Se está apartando de muitos de Seu povo. Muitos têm penetrado em caminhos escuros e secretos, e alguns nunca retornarão. Continuarão a tropeçar para a sua ruína. Têm tentado a Deus, têm rejeitado a luz. Receberam toda a evidência que jamais lhes será dada, e não lhe têm dado ouvidos. TM 91 1 Escolheram as trevas em vez da luz, e corromperam a sua alma. Nenhum homem ou igreja pode associar-se com a classe amante de prazeres, e revelar que aprecia a rica corrente que Deus envia aos que têm uma fé simples em Sua Palavra. O mundo está poluído, corrompido como o dos dias de Noé. O único remédio é crer na verdade, aceitar a luz. No entanto muitos têm ouvido a verdade falada com demonstração do Espírito, e não somente têm recusado aceitar a mensagem, mas odiado a luz. Eles são partidários da ruína das almas. Têm-se interposto entre a luz enviada do Céu e o povo. Têm pisado a Palavra de Deus, e estão afrontando o Seu santo Espírito. TM 91 2 Apelo ao povo de Deus para que abra os olhos. Quando sancionais, ou executais as decisões de homens que, como sabeis, não estão em harmonia com a verdade e a justiça, enfraqueceis vossa própria fé e perdeis vosso gosto pela comunhão com Deus. Pareceis ouvir a voz que foi dirigida a Josué: "Por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e até transgrediram o Meu concerto que lhes tinha ordenado. ... Anátema há no meio de ti, Israel." "Não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós." Cristo declara: "Quem comigo não ajunta espalha." A mensagem da justificação pela fé TM 91 3 Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito Santo em grande medida. TM 92 1 O Salvador crucificado deve aparecer em Sua eficaz obra como o Cordeiro sacrificado, sentado no trono, para dispensar as inestimáveis bênçãos do concerto, os benefícios que Sua morte concederia a cada alma que nEle cresse. João não podia exprimir em palavras esse amor; era profundo e amplo demais; ele apela à família humana para que o contemple. Cristo intercede pela igreja nas cortes celestiais, lá em cima, rogando por aqueles por quem pagou o preço da redenção -- Seu próprio sangue. Os séculos, o tempo, nunca poderão diminuir a eficácia de Seu sacrifício expiatório. A mensagem do evangelho de Sua graça devia ser dada à igreja em linhas claras e distintas, para que não mais o mundo dissesse que os adventistas do sétimo dia falam na lei, na lei, mas não ensinam a Cristo nem nEle crêem. TM 92 2 A eficácia do sangue de Cristo devia ser apresentada ao povo com vigor e poder, para que sua fé se pudesse apropriar de Seus méritos. Como o sumo sacerdote espargia o sangue quente sobe o propiciatório, enquanto a fragrante nuvem de incenso ascendia diante de Deus, assim ao confessarmos os nossos pecados, e rogarmos a eficácia do sangue expiador de Cristo, devem as nossas orações ascender ao Céu com a fragrância dos méritos do caráter de nosso Salvador. Não obstante nosso demérito, devemos ter sempre em mente que há Um que pode tirar o pecado e salvar o pecador. Todo o pecado reconhecido diante de Deus com um coração contrito, Ele removerá. Tal fé é a vida da igreja. Como a serpente foi levantada no deserto por Moisés e a todos que foram picados pelas serpentes ardentes, foi ordenado olhar e viver, assim também deve o Filho do homem ser levantado, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". TM 93 1 A menos que torne a ocupação de sua vida contemplar o Salvador levantado, e pela fé aceite os méritos que é seu privilégio reclamar, não mais poderá o pecador ser salvo do que podia Pedro andar sobre as águas, a não ser que conservasse os olhos bem fixados em Jesus. Ora, é o propósito determinado de Satanás eclipsar a visão de Jesus e levar os homens a olhar para o homem, a no homem confiar, e serem educados a esperar auxílio do homem. Por anos tem estado a igreja olhando para o homem, e dele muito esperando, mas sem olhar para Jesus, em quem Se centraliza nossa esperança de vida eterna. Portanto, Deus deu a Seus servos um testemunho que apresentava a verdade como esta é em Jesus, e que é a terceira mensagem angélica, em linhas claras e distintas. As palavras de João devem ser ecoadas pelo povo de Deus, para que todos possam discernir a luz e na luz andar: "Aquele que vem de cima é sobre todos: Aquele que vem da Terra, é da Terra e fala da Terra. Aquele que vem do Céu é sobre todos. E aquilo que Ele viu e ouviu isto testifica; e ninguém aceita o Seu testemunho. Aquele que aceitou o Seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro. Porque Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus; pois não lhe dá Deus o Espírito por medida. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas Suas mãos. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece." TM 94 1 Este é o testemunho que deve ir por toda a largura e extensão do mundo. Apresenta a lei e o evangelho, unindo os dois num todo perfeito. Ver Romanos 5, e 1 João 3:9, até o fim do capítulo. Essas preciosas passagens serão impressas em cada coração aberto para recebê-las. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices", -- os contritos de coração. "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." Não têm estes mera fé nominal, uma teoria da verdade, uma religião legal, mas crêem com um propósito, apropriando-se dos mais ricos dons de Deus. Suplicam pelo dom, para poderem dar aos outros. Podem dizer: "E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça". TM 94 2 "Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é caridade. Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade. Nisto conhecemos que estamos nEle, e Ele em nós, pois que nos deu do Seu Espírito." A mensagem de Deus para o tempo atual TM 95 1 É essa justamente a obra que o Senhor designou que a mensagem que Ele deu a Seus servos realize no coração e na mente de todo o instrumento humano. Amar sumamente a Deus, e amar aos outros como a si mesmos, é a vida perpétua da igreja. Não obstante havia pouco amor a Deus e ao homem e Deus deu aos Seus mensageiros justamente o que o povo necessitava. Os que receberam a mensagem foram grandemente abençoados, pois viram os brilhantes raios do Sol da Justiça, e lhes brotaram no coração a vida e a esperança. Contemplavam a Cristo. "Não temas", é a Sua eterna certeza; "Eu sou... o que vivo e fui morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre." "Porque Eu vivo e vós vivereis." O sangue do imaculado Cordeiro de Deus aplicam os crentes a seu próprio coração. Contemplando o grande Antítipo podemos dizer: "Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós." O Sol da Justiça brilha em nosso coração, para dar o conhecimento da glória de Jesus Cristo. Quanto ao ofício do Espírito Santo, diz Ele: "Ele Me glorificará, porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar." O salmista ora: "Purifica-me com hissopo e ficarei puro: lava-me e ficarei mais alvo do que a neve. ... Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da Tua presença, e não retires de mim o Teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da Tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os Teus caminhos, e os pecadores a Ti se converterão." TM 95 2 O Senhor deseja que esses grandes temas sejam estudados em nossas igrejas; e se todo o membro da igreja der atenção à Palavra de Deus, ela dará luz e entendimento aos símplices. "Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do Seu servo? quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o Seu Deus. Eis todos vós, que acendeis fogo e vos cingis com faíscas: Andais entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas que acendestes: isto vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." Ver Isaías 29:13-16, 18-21. "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto; em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." TM 96 1 Nunca houve um tempo em que o Senhor manifestasse Sua grande graça aos Seus escolhidos com maior amplitude do que nestes últimos dias, quando Sua lei é invalidada. "Foi do agrado de Jeová, por amor da Sua justiça, engrandecer a lei e torná-la gloriosa." Que diz Deus com relação ao Seu povo? -- "Mas este é um povo roubado e saqueado: todos estão enlaçados em cavernas, e escondidos nas casas dos cárceres; são postos por presa, e ninguém há que os livre; por despojo e ninguém diz: Restitui." Ver também Isaías 43. Estas são profecias que serão cumpridas. Advertência contra desprezar a mensagem de Deus TM 96 2 Quero falar advertindo aos que por anos têm resistido à luz e alimentado o espírito de oposição. Por quanto tempo odiareis e desprezareis os mensageiros da justiça de Deus? Deus lhes deu Sua mensagem. Eles têm a Palavra do Senhor. Há salvação para vós, mas somente pelos méritos de Jesus Cristo. A graça do Espírito Santo é-vos oferecida repetidas vezes. A luz e o poder do alto têm sido abundantemente derramados em vosso meio. Há aqui evidências que todos aqueles que o Senhor reconhece como Seus servos podem discernir. Mas há os que desprezaram os homens e as mensagens que eles levaram. Têm escarnecido deles como fanáticos, extremistas e entusiastas. Permiti-me profetizar-vos: A não ser que imediatamente humilheis o coração diante de Deus, e confesseis vossos pecados, que são muitos, tarde demais vereis que tendes estado lutando contra Deus. Pela convicção do Espírito Santo, não mais para a reforma e o perdão, vereis que esses homens contra quem tendes falado, têm sido como que sinais no mundo, testemunhas de Deus. Então daríeis todo o mundo se pudésseis redimir o passado, e ser justamente homens assim zelosos, movidos pelo Espírito de Deus para levantar vossa voz em solene advertência ao mundo; e como eles, ser firmes como a rocha nos princípios. O virardes as coisas de cima para baixo é conhecido pelo Senhor. Continuai um pouco mais como tendes seguido, na rejeição da luz do Céu, e estareis perdidos. "O que for imundo, e se não purificar, a tal alma do meio da congregação será extirpada." TM 97 1 Não tenho uma mensagem suave a dar aos que por tanto tempo têm sido como que falsos sinaleiros, apontando na direção errada. Se rejeitardes os mensageiros delegados por Cristo, rejeitais a Cristo. Negligenciai essa grande salvação conservada diante de vós durante anos, desprezai essa gloriosa oferta de justificação pelo sangue de Cristo, e a santificação pelo poder purificador do Espírito Santo, e não restará mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardente indignação. TM 98 1 Suplico-vos, agora, que vos humilheis e deixeis a vossa obstinada resistência à luz e à evidência. Dizei ao Senhor: "Minhas iniqüidades têm feito separação entre mim e o meu Deus. Ó, Senhor, perdoa as minhas transgressões. Apaga os meus pecados do livro das Tuas memórias." Louvai o Seu santo nome, nEle há perdão, e podeis ser convertidos, transformados. TM 98 2 "Por que, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?" "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia" A idolatria dos filhos de Israel TM 98 3 "Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar. E todos comeram do mesmo manjar espiritual. E beberam todos duma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não Se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto." A experiência de Israel, a que o apóstolo faz alusão nas palavras acima, e segundo é registrada nos (Salmos 105, 106), contém lições de advertência que o povo de Deus nestes últimos dias precisa especialmente estudar. TM 99 1 Insisto em que estes capítulos sejam lidos pelo menos uma vez por semana. TM 99 2 "E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar." TM 99 3 Aos ouvidos de todo o Israel falara Deus com terrível majestade sobre o Monte Sinai, declarando os preceitos de Sua lei. Vencido pelo senso de culpa, e temendo ser consumido pela glória da presença do Senhor, rogara o povo a Moisés: "Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos." Deus chamou Moisés ao monte para lhe poder comunicar as leis para Israel, mas quão depressa passou a solene impressão exercida sobre o povo de Deus pela manifestação da Sua presença! Até mesmo os guias do povo pareciam ter perdido a razão. A lembrança de seu concerto com Deus, de seu terror quando, caindo sobre os seus rostos, haviam temido e tremido sobremaneira, haviam-se todos dissipado como fumaça. Embora a glória de Deus ainda se assemelhasse a um fogo devorador no cume do monte, ainda assim, ao desaparecer a presença de Moisés, os velhos hábitos de pensamento e sentimento começaram a manter o seu poder. Cansado de esperar pela volta de Moisés, começou o povo a clamar por alguma demonstração visível de Deus. TM 99 4 Arão, que ficara encarregado do acampamento, cedeu aos clamores. Em vez de exercer fé em Deus deixando que o poder divino o mantivesse, foi tentado a crer que se resistisse às exigências do povo, este lhe tiraria a vida; e fez o que eles desejavam. Recolheu os ornamentos de ouro, fez um bezerro fundido e o amoldou com um instrumento de gravar. Então os líderes do povo declararam: "Estes são teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito." Ao ver Arão que a imagem que cinzelara agradara ao povo, orgulhou-se de sua obra. Edificou um altar diante do ídolo, "apregoou, e disse: amanhã será festa ao Senhor e no dia seguinte madrugaram, e fizeram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois levantaram-se a folgar". Beberam e festejaram, e se entregaram a alegrias e a danças, que terminaram nas vergonhosas orgias que assinalavam o culto pagão dos falsos deuses. TM 100 1 Deus, no Céu, contemplou tudo isto e avisou a Moisés do que estava ocorrendo no acampamento, dizendo: "Agora, pois, deixa-Me, que o Meu furor se acenda contra eles, e os consuma: e Eu farei de ti uma grande nação." "Porém, Moisés suplicou ao Senhor seu Deus, e disse: Ó Senhor, por que se acende o Teu furor contra o Teu povo, que Tu tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão? Por que hão de falar os egípcios, dizendo: Para mal os tirou, para matá-los nos montes, e para destruí-los da face da Terra? Torna-Te da ira do Teu furor e arrepende-Te deste mal contra o Teu povo. Lembra-Te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os Teus servos aos quais por Ti mesmo tens jurado, e lhes disseste: Multiplicarei a vossa semente como as estrelas dos céus, e darei à vossa semente toda esta terra, de que tenho dito, para que a possuam por herança eternamente. Então o Senhor arrependeu-Se do mal que dissera que havia de fazer ao Seu povo." TM 100 2 Quando Moisés desceu do monte com as duas tábuas do testemunho na mão, ouviu a gritaria do povo e, ao se aproximar, avistou o ídolo e as danças da multidão. Tomado de horror e de indignação por haverem desonrado a Deus, por ter o povo quebrado o solene concerto com Ele, atirou as duas tábuas de pedra ao chão, e quebrou-as ao pé do monte. Embora seu amor para com Israel fosse tão grande que Ele estivesse pronto a dar sua vida pelo povo, todavia seu zelo pela glória de Deus despertou-lhe indignação, expressada por este ato de tão terrível significação. Deus não repreendeu a Moisés por isto. O quebrar as tábuas de pedra foi, apenas, uma representação do fato de que Israel quebrara o concerto que, fazia tão pouco tempo haviam feito com Deus. É uma justa indignação contra o pecado, oriunda do zelo pela glória de Deus, e não a ira que provém do amor-próprio ou da ambição ferida, a que se refere a Escritura: "Irai-vos, e não pequeis." Foi esta a indignação de Moisés. TM 101 1 "E tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó; e o espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel. E Moisés disse a Arão: Que te tem feito este povo, que sobre ele trouxeste tamanho pecado? Então disse Arão: Não se acenda a ira do meu senhor: tu sabes que este povo é inclinado ao mal; e eles me disseram: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque não sabemos que sucedeu a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito." E "Moisés viu que o povo estava despido, porque Arão o havia despido para vergonha entre os seus inimigos". A influência especial da obra de Satanás TM 101 2 É-nos dada a advertência: "Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos." TM 102 1 Notai a influência de seus extremos e fanatismo ao serviço do grande obreiro Mestre, Satanás. Logo que o maligno tinha o povo sob o seu domínio, houve exibições de caráter satânico. O povo comeu e bebeu sem um único pensamento em Deus e Sua graça, sem pensar na necessidade de resistir ao diabo, que os estava conduzindo para os atos mais vergonhosos. Manifestou-se o mesmo espírito manifestado no sacrílego festim de Belsazar. Houve júbilo e dança, hilaridade e cânticos levados a uma paixão louca que enganava os sentidos; então a condescendência com os afetos desordenados e voluptuosos -- tudo isso se misturou naquela infeliz cena. Deus fora desonrado; Seu povo tornara-se uma vergonha à vista dos pagãos. Prestes estavam os juízos a cair sobre aquela multidão enfatuada e embrutecida. No entanto, Deus em Sua misericórdia lhes deu oportunidade para abandonar seus pecados. TM 102 2 "Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial, e disse: Quem é do Senhor?" Os trombeteiros apanharam as palavras e fizeram-nas soar através da trombeta: "Quem é do Senhor?" "Venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi." Todos os que estavam arrependidos tiveram o privilégio de tomar posição ao lado de Moisés. "E disse-lhes: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu próximo. E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil homens." Não houve parcialidade, nem hipocrisia, nem confederação para abrigar o culpado, pois o terror do Senhor estava sobre o povo. TM 103 1 Aqueles que tão pouco senso da presença e da grandeza de Deus haviam mostrado, e que, depois da exibição de Sua majestade estavam prontos a se apartar do Senhor, seriam contínua armadilha para Israel. Foram mortos, como uma censura ao pecado, e para fazer o povo temer desonrar a Deus. O perigo de agradar a si mesmo TM 103 2 Não posso agora considerar esta história por mais tempo, mas eu peço a vós que estais em cada cidade, em cada vila, em cada família, peço a todo indivíduo que estude a lição desta passagem, tendo em mente as palavras da inspiração: "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." Aqui é apresentada a única escolha que vos é revelada na Palavra de Deus. São os que cuidam para não caírem, que, afinal, são aceitos. Não há presunção mais fatal que a que leva os homens a se aventurarem a seguir a atitude de agradar a si mesmos. Em vista desta solene advertência de Deus, não devem os pais e mães cuidar? Não devem eles fielmente mostrar ao jovem os perigos que constantemente se levantam para desviá-los de Deus? Muitos permitem aos jovens freqüentar festas de prazer, pensando que o divertimento é essencial para a saúde e a felicidade; mas que perigos estão nesta vereda! Quanto mais satisfeito é o desejo de prazer, tanto mais é ele cultivado, e tanto mais forte se torna. A experiência da vida compõe-se em grande parte de satisfação própria no divertimento. Deus nos ordena a acautelar-nos. "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." TM 104 1 Devemos chegar a uma posição em que cada diferença seja dissipada. Se julgo ter luz, cumprirei meu dever apresentando-a. Suponde que eu consultasse os outros quanto à mensagem que o Senhor quer que dê ao povo; poderia a porta fechar-se de modo que a luz não pudesse alcançar aqueles para quem Deus a enviou. Quando Jesus, cavalgando, entrou em Jerusalém, "toda a multidão dos discípulos regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no Céu, e glória nas alturas. E disseram-Lhe, dentre a multidão, alguns dos fariseus: Mestre, repreende os Teus discípulos. E, respondendo Ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão." -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. TM 104 2 Meus irmãos, em Sua grande misericórdia e amor, Deus vos tem dado grande luz; e Cristo vos diz: "De graça recebestes, de graça dai." Deixai que a luz lançada sobre vós irradie para os que estão nas trevas. Regozijemo-nos e alegremo-nos de que Cristo não somente nos deu a Sua Palavra, mas também nos tem dado o espírito de sabedoria e de revelação no conhecimento de Deus, e de que na Sua força podemos ser mais do que vencedores. Cristo está dizendo: "Vinde a Mim. A Mim pertencem o conselho certo e o são juízo. Tenho compreensão e força para vós." Devemos repousar em Cristo pela fé, relembrando as palavras de alguém que foi inspirado por Deus a escrever: "A Tua mansidão me engrandeceu." Pedi a Deus que vos dê muito do óleo da Sua graça. Considerai cuidadosamente cada palavra, seja ela escrita ou falada. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1904. ------------------------Capítulo 3 -- As santas escrituras Como examinaremos as escrituras? TM 105 1 Como examinaremos as Escrituras, para compreender o que elas ensinam? Devemos investigar a Palavra de Deus com coração contrito, um espírito suscetível de ser ensinado e pleno de oração. Não devemos pensar, como os judeus, que nossas próprias idéias e opiniões são infalíveis, nem como os católicos, que certos indivíduos são os únicos guardiões da verdade e do conhecimento, que os homens não têm o direito de examinar as Escrituras por si mesmos, mas devem aceitar as explanações dadas pelos Pais da igreja. Não devemos estudar a Bíblia com o propósito de manter nossas opiniões preconcebidas, mas com o único objetivo de aprender o que Deus disse. TM 105 2 Temem alguns que se reconhecerem estar em erro, ainda que seja num simples ponto, outros espíritos serão levados a duvidar de toda a teoria da verdade. Têm, portanto, achado que não se deve permitir a investigação; que ela tenderia para a dissensão e a desunião. Mas se tal é o resultado da investigação, quanto mais depressa vier, melhor. Se há aqueles cuja fé na Palavra de Deus não suportará a prova de uma investigação das Escrituras, quanto mais depressa forem revelados melhor; pois então estará aberto o caminho para lhes mostrar seu erro. Não podemos manter a opinião de que uma posição uma vez assumida, uma vez advogada a idéia, não deve, sob qualquer circunstância ser abandonada. Há apenas Um que é infalível: Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. TM 105 3 Os que permitem que o preconceito ponha na mente uma barreira contra a recepção da verdade, não podem receber a iluminação divina. No entanto, ao ser apresentado um ponto de vista das Escrituras, muitos não perguntam: Isto é verdade -- está em harmonia com a Palavra de Deus? mas: Por quem é defendido? e a menos que venha pelo instrumento que lhes agrada, não o aceitam. Tão plenamente satisfeitos estão com suas próprias idéias que não examinarão a evidência escriturística com o desejo de aprender, antes recusam ser interessados, meramente devido aos seus preconceitos. TM 106 1 Freqüentemente o Senhor trabalha onde menos O esperamos; surpreende-nos pela revelação de Seu poder em instrumento de Sua própria escolha, ao mesmo tempo que passa por alto os homens a quem temos olhado como sendo aqueles por cujo intermédio deve vir a luz. Deus deseja que recebamos a verdade em seus próprios méritos -- porque é a verdade. TM 106 2 Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às idéias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas idéias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de Deus; eles eram mortais, sujeitos ao erro como nós mesmos. Deus nos tem dado a faculdade do raciocínio tanto como a eles. Devemos tornar a Bíblia o seu próprio expositor. Cuidado na apresentação de novos pontos de vista TM 106 3 Devem todos ser cuidados os quanto à apresentação de novos pontos de vista sobre as Escrituras, antes de terem dado a esses pontos completo estudo, e estarem plenamente preparados para sustentá-los com a Bíblia. Não introduzais coisa alguma que cause dissensão, sem a clara evidência de que nisto Deus está dando uma mensagem especial para este tempo. TM 106 4 Mas acautelai-vos de rejeitar o que é verdade. O grande perigo de nosso povo tem sido o de confiar nos homens e tornar a carne o seu braço. Os que não têm o hábito de examinar a Bíblia por si mesmos ou de pesar as evidências, confiam nos dirigentes, e aceitam as decisões que estes fazem, e assim rejeitarão muitos as próprias mensagens que Deus envia a Seu povo, se esses irmãos dirigentes não as aceitarem. TM 107 1 Ninguém deve pretender ter toda a luz que há para os filhos de Deus. O Senhor não tolerará isso. Ele disse: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta e ninguém a pode fechar." Mesmo que todos os nossos dirigentes recusem a luz e a verdade, essa porta ainda continuará aberta. O Senhor suscitará homens que darão ao povo a mensagem para este tempo. A verdade permanecerá TM 107 2 A verdade é eterna e o conflito com o erro somente tornará manifesto o seu poder. Nunca devemos recusar examinar as Escrituras com os que temos razões para crer, desejam saber o que é a verdade. Suponde que um irmão conserve um ponto de vista que difere do vosso, e venha a vós propondo que vos assenteis com ele e façais uma investigação desse ponto das Escrituras; levantar-vos-íeis, cheios de preconceito e condenaríeis suas idéias, ao mesmo tempo que recusais dar-lhe sincera atenção? A única atitude certa seria assentar-vos como cristãos e investigar a posição apresentada, à luz da Palavra de Deus, que revelará a verdade e desmascarará o erro. Ridicularizar-lhe as idéias não lhe enfraqueceria no mínimo a posição, se esta fosse falsa, nem vos fortaleceria a posição, se esta fosse verdadeira. Se as colunas de nossa fé não suportarem a prova da investigação, já é tempo de o sabermos. Entre nós não deve ser alimentado o espírito de farisaísmo. As escrituras devem ser estudadas com reverência TM 107 3 Devemos estudar a Bíblia com reverência, sentindo que estamos na presença de Deus. Toda leviandade e frivolidade, devem ser postas de lado. Embora algumas porções da Palavra sejam facilmente compreendidas, a verdadeira significação de outras partes não é discernida com tanta prontidão. Deve haver estudo e meditação pacientes, e oração fervorosa. Ao abrir as Escrituras deve cada estudante pedir a iluminação do Espírito Santo; e certa é a promessa de que esta será dada. TM 108 1 O espírito com que vindes à investigação das Escrituras, determinará o caráter do assistente ao vosso lado. Anjos do mundo da luz, estarão com aqueles que com humildade de coração buscam a direção divina. Mas se a Bíblia for aberta com irreverência, com sentimento de presunção, se o coração está cheio de preconceitos, Satanás se acha ao vosso lado, e apresentará as declarações simples da Palavra de Deus numa luz pervertida. TM 108 2 Alguns há que condescendem com a leviandade, o sarcasmo, e até mesmo a mofa para com os que deles divergem. Outros apresentam um mundo de objeções a qualquer novo ponto de vista; e quando essas objeções são claramente respondidas pelas palavras das Escrituras, não reconhecem as evidências apresentadas, nem permitem serem convencidos. Sua inquirição não tem o propósito de chegar à verdade, mas tenciona meramente confundir a mente dos outros. TM 108 3 Alguns julgam ser evidência de agudeza e superioridade intelectual, confundir as mentes quanto ao que é verdade. Recorrem à subtileza dos argumentos, a jogos de palavras; tiram vantagem injusta em fazer perguntas. Quando suas perguntas têm sido razoavelmente respondidas, mudam de assunto trazendo novo ponto, para evitar o reconhecimento da verdade. Devemos acautelar-nos para não condescendermos com o espírito que dominava os judeus. Não queriam aprender de Cristo, porque Sua explicação das Escrituras não estava de acordo com as idéias deles; portanto tornaram-se espias nas Suas pegadas, "armando-Lhe ciladas, a fim de apanharem da Sua boca alguma coisa para O acusarem". Não tragamos sobre nós mesmos a temível denúncia das palavras do Salvador: "Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes e impedistes aos que entravam". Com simplicidade e fé TM 109 1 Não requer muita sabedoria ou habilidade fazer perguntas difíceis de responder. Pode uma criança fazer perguntas sobre as quais o homem mais sábio fique embaraçado. Não nos empenhemos em disputas dessa espécie. Existe em nossos dias a mesma descrença que prevalecia no tempo de Cristo. Agora, como então, o desejo de promoção e de louvor dos homens desvia o povo da simplicidade da verdadeira piedade. Não há orgulho tão perigoso como o orgulho espiritual. TM 109 2 Devem os jovens examinar as Escrituras por si mesmos. Não devem julgar ser suficiente os mais velhos na experiência descobrirem a verdade; que os mais novos podem aceitá-la deles como sendo autoridade. Os judeus pereceram, como uma nação, porque foram afastados da verdade bíblica pelos seus governantes, sacerdotes e anciãos. Tivessem dado ouvidos às lições de Jesus, e examinado as Escrituras por si mesmos, e não teriam perecido. TM 109 3 Jovens das nossas fileiras estão observando para ver em que espírito os ministros investigam as Escrituras; se têm um espírito suscetível de ser ensinado e são suficientemente humildes para aceitar a evidência e receber a luz dos mensageiros que a Deus apraz enviar. TM 109 4 Devemos estudar a verdade nós mesmos. Não se deve esperar que qualquer homem pense por nós. Não importa quem seja, ou em que posição esteja colocado, não devemos esperar que qualquer homem seja critério para nós. Devemos aconselhar-nos e estar sujeitos um ao outro, mas ao mesmo tempo devemos exercer a habilidade que Deus nos deu para aprender o que é verdade. Cada um de nós deve buscar a Deus para obter a iluminação divina. Devemos desenvolver, individualmente, um caráter que suporte a prova no dia de Deus. Não devemos ficar apegados às nossas idéias, e pensar que ninguém deve interferir em nossas opiniões. TM 110 1 Ao ser chamada a vossa atenção para algum ponto de doutrina que não compreendeis ide a Deus, de joelhos, para poderdes compreender o que é verdade e não serdes encontrados, como os judeus, lutando contra Deus. Ao advertir os homens de que se acautelem de aceitar qualquer coisa, a menos que esta seja a verdade, devemos também adverti-los a não porem em perigo a sua alma, rejeitando mensagens de luz, mas que se apressem em sair das trevas pelo estudo fervoroso da Palavra de Deus. TM 110 2 Quando Natanael foi a Jesus, o Salvador exclamou: "Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo!" Disse-Lhe Natanael: "Donde me conheces Tu?" Jesus respondeu: "... te vi Eu, estando tu debaixo da figueira". E Jesus também nos verá nos lugares secretos de oração, se a Ele formos em busca de luz, para podermos saber o que é a verdade. TM 110 3 Se um irmão ensina um erro, os que estão em posições de responsabilidade devem sabê-lo; e se ele está ensinando a verdade, devem eles tomar posição ao seu lado. Todos nós devemos saber o que está sendo ensinado entre nós; pois, se isto for a verdade, devemos sabê-lo; o professor da Escola Sabatina deve sabê-lo; e cada aluno da Escola Sabatina deve compreendê-lo. Todos nós estamos na obrigação, para com Deus, de compreender o que Ele nos envia. Deu Ele direções pelas quais possamos provar cada doutrina: TM 111 1 "À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Mas se ela satisfizer a prova, não estejais tão cheios de preconceito que não possais reconhecer um ponto simplesmente porque ele não concorda com vossas idéias. TM 111 2 É impossível que mente alguma compreenda toda a riqueza e grandeza de uma única promessa divina que seja. Um apreende a glória de um ponto de vista, outro a beleza e graça de outro ponto, e a alma enche-se da luz celestial. Se víssemos toda a glória, o espírito desfaleceria. Mas podemos suportar, das abundantes promessas divinas, revelações muitíssimo maiores do que agora desfrutamos. Meu coração fica triste ao pensar como perdemos de vista a plenitude da bênção reservada para nós. Contentamo-nos com lampejos momentâneos de fulgor espiritual, quando poderíamos andar dia a dia à luz de Sua presença. TM 111 3 Prezados irmãos: Orai como nunca dantes para que os raios do Sol da Justiça brilhem sobre a Palavra, a fim de que possais compreender-Lhe a verdadeira significação. Jesus rogou para que Seus discípulos fossem santificados pela verdade -- a Palavra de Deus. Então com que fervor devemos nós orar para que aquele que "penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus", Aquele cujo ofício é trazer todas as coisas à lembrança do povo de Deus, e guiá-lo em toda a verdade, possa estar conosco na investigação de Sua Santa Palavra! TM 111 4 Deus deseja que confiemos nEle e não no homem. Quer que tenhamos um novo coração; Ele deseja dar-nos revelações de luz do trono de Deus. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. O estudo dos livros de Daniel e apocalipse TM 112 1 O Espírito de Deus tem iluminado cada página dos Escritos Sagrados, mas há aqueles sobre os quais pouca impressão eles fazem, por serem imperfeitamente compreendidos. Ao vir a sacudidura, pela introdução de falsas teorias, esse leitores superficiais não ancorados em parte alguma, são como a areia movediça. Escorregam para qualquer posição para agradar a tendência de seus sentimentos de amargura. ... Daniel e Apocalipse devem ser estudados, bem como as outras profecias do Velho e Novo Testamentos. Haja luz, sim, luz, em vossas habitações. Por isso devemos orar. O Espírito Santo brilhando sobre as páginas sagradas, abrir-nos-á o entendimento para que possamos saber o que é verdade. ... TM 112 2 Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente devem Daniel e Apocalipse merecer a atenção como nunca dantes na história de nossa obra. Podemos ter menos a dizer em alguns sentidos quanto ao poder romano e ao papado, mas devemos chamar atenção para o que os profetas e apóstolos têm escrito sob a inspiração do Santo Espírito de Deus; de tal modo tem o Espírito Santo moldado as questões tanto no dar a profecia como nos acontecimentos descritos, que ensina que o agente humano deve ser conservado fora de vista, escondido em Cristo, e que o Senhor Deus dos Céus e Sua lei devem ser exaltados. Lede o livro de Daniel. Recapitulai ponto por ponto a história dos reinos ali representados. Contemplai os estadistas, concílios, poderosos exércitos, e vede como Deus operou para abater o orgulho dos homens e lançar por terra a glória humana. ... TM 112 3 A luz que Daniel recebeu de Deus foi dada especialmente para estes últimos dias. As visões que ele viu às margens do Ulai e do Hidéquel, os grandes rios de Sinear, estão agora em processo de cumprimento, e logo ocorrerão todos os acontecimentos preditos. TM 113 1 Considerai as circunstâncias da nação judaica ao serem dadas as profecias de Daniel. TM 113 2 Demos mais tempo ao estudo da Bíblia. Não compreendemos a Palavra como devemos. O livro de Apocalipse abre com uma ordem para compreendermos a instrução que ele contém. "Bem-aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia", declara Deus, "e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Quando nós, como um povo, compreendermos o que este livro para nós significa, ver-se-á entre nós grande reavivamento. Não compreendemos plenamente as lições que ele ensina, não obstante a ordem que nos é dada é de examiná-lo e estudá-lo. TM 113 3 No passado, mestres declararam que Daniel e Apocalipse são livros selados, e o povo deles se tem afastado. O véu, cujo aparente mistério tem impedido que muitos o levantem, a própria mão de Deus tem retirado dessas partes de Sua Palavra. O próprio nome "Apocalipse" (Revelação), contradiz a declaração de que é um livro selado. "Revelação" significa que algo de importante é dado a conhecer. As verdades deste livro dirigem-se aos que vivem nesses últimos dias. Estamos com o véu removido no lugar santo das coisas sagradas. Não devemos ficar fora. Não devemos entrar com pensamentos descuidados e irreverentes, nem com passos impetuosos, mas com reverência e piedoso temor. Aproximamo-nos do tempo em que se devem cumprir as profecias do livro do Apocalipse. ... TM 114 1 Temos os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, que é o Espírito de Profecia. Preciosas gemas devem ser encontradas na Palavra de Deus. Os que examinam esta Palavra, devem conservar clara a mente. Nunca devem condescender com o apetite pervertido no comer e no beber. TM 114 2 Se o fizerem, o cérebro ficará confuso; serão incapazes de suportar a tensão de cavar fundo para descobrir a significação das coisas que se relacionam com as cenas finais da história terrestre. TM 114 3 Quando os livros de Daniel e Apocalipse forem bem compreendidos, terão os crentes uma experiência religiosa inteiramente diferente. Ser-lhes-ão dados tais vislumbres das portas abertas do Céu que o coração e a mente se impressionarão com o caráter que todos devem desenvolver a fim de alcançar a bem-aventurança que deve ser a recompensa dos puros de coração. TM 114 4 O Senhor abençoa a todo aquele que com humildade e mansidão, procura compreender o que está revelado no Apocalipse. Este livro fala tanto acerca da imortalidade e da glória, que todos os que o lêem e pesquisam fervorosamente recebem as bênçãos prometidas àqueles "que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nelas estão escritas". O resultado do verdadeiro estudo TM 114 5 Uma coisa compreender-se-á certamente do estudo de Apocalipse -- que a ligação entre Deus e Seu povo é íntima e decidida. TM 114 6 Maravilhosa ligação é vista entre o universo do Céu e este mundo. As coisas reveladas a Daniel foram mais tarde completadas pela revelação feita a João na ilha de Patmos. Estes dois livros devem ser cuidadosamente estudados. Duas vezes indagou Daniel: Quanto falta para o fim do tempo? "Eu pois, ouvi, mas não entendi: Por isso eu disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas? E Ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão. E desde o tempo em que o contínuo sacrifício for tirado e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias." TM 115 1 Foi o Leão da tribo de Judá que abriu o livro, e deu a João a revelação do que deve acontecer nestes últimos dias. TM 115 2 Daniel ficou na sua sorte para dar seu testemunho, que foi selado até ao tempo do fim, quando devia ser proclamada ao mundo a mensagem do primeiro anjo. Esses assuntos são de infinita importância nesses últimos dias; mas enquanto "muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados", "os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá". Como isso é verdade! O pecado é a transgressão da lei de Deus; e os que não aceitarem a luz com relação à lei de Deus, não compreenderão a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. O livro de Daniel é descerrado na revelação a João, e nos transporta para as últimas cenas da história da Terra. TM 115 3 Terão nossos irmãos em mente que estamos vivendo em meio aos perigos dos últimos dias? Lede Apocalipse em conexão com Daniel. Ensinai essas coisas. Forças invencíveis aguardam TM 116 1 Os que comem a carne e bebem o sangue do Filho de Deus, trarão dos livros de Daniel e Apocalipse verdade inspirada pelo Espírito Santo. Porão em ação forças que não podem ser reprimidas. Os lábios das crianças se abrirão para proclamar os mistérios que têm sido ocultados à mente dos homens. TM 116 2 Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Muitas das profecias estão prestes a se cumprir em rápida sucessão. Cada elemento de energia está prestes a ser posto em ação. Repetir-se-á a história passada. Antigas controvérsias serão revivescidas, e perigos rodearão de todos os lados o povo de Deus. A tensão está se apoderando da família humana. Está permeando tudo na Terra. ... TM 116 3 Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá. ... Nós, com todas as nossas vantagens religiosas, deveríamos conhecer hoje muito mais do que conhecemos. TM 116 4 Anjos desejam contemplar as verdades reveladas ao povo que com coração contrito está examinando a Palavra de Deus, e orando por maiores extensões e amplitudes e profundezas e alturas do conhecimento que somente Ele pode dar. TM 116 5 Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, devem as profecias relativas aos últimos dias exigir especialmente nosso estudo. O último livro dos escritos do Novo Testamento, está cheio de verdade que precisamos compreender. Satanás tem cegado o espírito de muitos de modo que se têm contentado com qualquer escusa por não tornarem o Apocalipse motivo de seu estudo. Mas Cristo, por intermédio de Seu servo João declara aqui o que será nos últimos dias; e Ele diz: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas." TM 117 1 Os livros de Daniel e Apocalipse deviam ser encadernados juntos e publicados. Algumas explicações de certas porções podem ser aduzidas, mas não estou certa de que seriam necessárias. TM 117 2 Esta foi a sugestão que fiz ao Pastor Haskell e que resultou no livro por ele publicado. A necessidade não foi satisfeita por este livro. Era minha idéia ter os dois livros encadernados juntos, Apocalipse seguindo a Daniel, oferecendo mais ampla luz sobre os assuntos apresentados em Daniel. O alvo é unir esses livros, mostrando que ambos se relacionam com os mesmos assuntos. TM 117 3 Deve ser apresentada uma mensagem que desperte as igrejas. Todo esforço deve ser envidado para esclarecer não somente nosso povo, mas o mundo. Fui instruída de que as profecias de Daniel e Apocalipse devem ser impressas em livros pequenos, com as necessárias explicações, e devem ser enviados por todo o mundo. Nosso próprio povo necessita de que a luz seja colocada diante dele em linhas mais claras. TM 117 4 A visão que Cristo apresentou a João, apresentando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, deve ser definidamente proclamada a todas as nações, povos e línguas. As igrejas que são representadas por Babilônia, são apresentadas como tendo caído de seu estado espiritual para se tornarem um poder perseguidor contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo. Esse poder perseguidor é representado a João como tendo chifres de cordeiro mas falando como dragão. ... TM 117 5 Ao nos aproximarmos do fim do tempo, haverá maiores e sempre maiores demonstrações externas do poder pagão; deuses pagãos revelarão seu assinalado poder e se exibirão diante das cidades do mundo. E este plano já começa a cumprir-se. Por uma variedade de imagens representou o Senhor Jesus a João o caráter ímpio e a influência sedutora dos que se têm distinguido por sua perseguição ao povo de Deus. Todos carecem de sabedoria para pesquisar cuidadosamente o mistério da iniqüidade que aparece tanto na finalização da história da Terra. ... No próprio tempo em que vivemos, o Senhor chamou Seu povo e encarregou-o de proclamar uma mensagem. Chamou-o para expor a maldade do homem do pecado que fez da lei dominical um poder distintivo, que tem cuidado em mudar os tempos e a lei e em oprimir o povo de Deus que permanece firme para honrá-Lo pela observância do único sábado verdadeiro, o sábado da criação, como sendo santo ao Senhor. TM 118 1 Os perigos dos últimos dias estão sobre nós, e por nosso trabalho devemos advertir o povo do perigo em que está. Não deixeis que as cenas solenes que a profecia tem revelado sejam deixadas por tocar. Se nosso povo estivesse meio desperto, se reconhecesse a proximidade dos acontecimentos descritos no Apocalipse, operar-se-ia uma reforma em nossas igrejas, e muitos mais creriam na mensagem. Não temos tempo a perder; Deus apela para que vigiemos pelas almas como aqueles que devem dar contas. Promovei novos princípios e entremeai a evidente verdade. Será como uma espada de dois gumes. Mas não sejais prontos demais a assumir uma atitude de controvérsia. Há ocasiões em que devemos ficar quietos e ver a salvação de Deus. Deixemos que Daniel fale, que fale o Apocalipse e digam a verdade. Mas seja qual for o aspecto do assunto apresentado, elevai a Jesus como o centro de toda a esperança, "a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã". Cavai mais fundo TM 119 1 Não nos aprofundamos suficientemente em nossa busca da verdade. Toda alma que crê na verdade presente será levada onde dela se requererá que dê a razão da esperança que nela há. Exigir-se-á do povo de Deus que se levante diante de reis, príncipes, legisladores e grandes homens da Terra, e estes devem saber que eles sabem o que é a verdade. Devem ser homens e mulheres convertidos. Deus pode ensinar-vos mais em um momento pelo Seu Santo Espírito, do que poderíeis aprender com os grandes homens da Terra. O Universo está contemplando a controvérsia que se desenrola na Terra. A um custo infinito, tem Deus provido para cada homem a oportunidade de conhecer aquilo que o tornará sábio para a salvação. Quão ansiosamente olham os anjos para ver quem se aproveitará dessa oportunidade! Quando uma mensagem é apresentada ao povo de Deus, não se deve este levantar em oposição a ela; devem ir à Bíblia, comparando-a com a lei e o testemunho, e se não suportar a prova, não é verdadeira. Deus deseja que nossa mente se expanda. Deseja dar-nos Sua graça. Poderemos ter um banquete de boas coisas cada dia; pois Deus pode abrir para nós todo o tesouro dos Céus. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. ------------------------Capítulo 4 -- Elevada norma de Deus A verdadeira educação em nossas igrejas Preparando almas para o serviço TM 120 1 "A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma." "Bem-aventurados os que trilham caminhos retos, e andam na lei do Senhor. Bem-aventurados os que guardam os Seus testemunhos, e O buscam de todo o coração. E não praticam iniqüidade, mas andam em Seus caminhos. Tu ordenastes os Teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos. Oxalá os meus caminhos fossem dirigidos de maneira a poder eu observar os Teus estatutos. Então não ficaria confundido, atentando eu para todos os Teus mandamentos." TM 120 2 Tomemos isto por nossa lição. Estudai atentamente cada palavra. Princípios corretos e sentimentos puros, se cultivados e praticados, formam um caráter à semelhança divina. Uma consciência livre de ofensa para com Deus e o homem, um coração que sente a mais terna simpatia para com os seres humanos, especialmente para que possam ser ganhos para Cristo, terá os atributos que Cristo possuía. Todos esses serão imbuídos de Seu espírito. Terão um reservatório de persuasão, e um celeiro de simples eloqüência. TM 120 3 Como cristãos, devemos agora trabalhar mui ardorosamente para levar almas a Jesus Cristo. Não deve haver capítulos baratos de experiência urdidos em nossa vida cristã. Toda a verdadeira experiência custa esforço a cada alma que a obtém, devido às tentações de Satanás. Deus vê como a alma tem fome de conhecimento de Deus, da salvação por Jesus Cristo; e a promessa é: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos." Característicos do verdadeiro inquiridor TM 121 1 Deus ordena a cada homem que obedeça a Sua lei. Ele não vê como vê o homem. Sua norma é elevada, pura e santa; no entanto todos a podem alcançar. O Senhor vê a necessidade da alma, a consciente fome da alma. Ele considera a disposição de espírito, da qual procedem as nossas ações. Vê-se acima de tudo as evidências de respeito e fé para com Deus. O verdadeiro inquiridor que se esforça por ser semelhante a Jesus na palavra, na vida e no caráter, contemplará seu Redentor, e, pela contemplação é transformado à Sua imagem, porque almeja a mesma disposição de Espírito que havia em Cristo Jesus, e por ela ora. Não se esquiva do mal pelo temor da vergonha, ou pelo medo da perda; porque sabe que tudo que goza vem de Deus, e fará bom uso de Suas bênçãos, para poder representar a Cristo. Ele não está ansioso de permanecer mais alto, de obter o louvor dos seres humanos. Não é esse o seu mais ávido interesse. Fazendo uso sábio do que agora tem, procura obter cada vez maior habilidade para poder prestar a Deus maior serviço. Ele almeja a Deus. A história de seu Redentor, o incomensurável sacrifício que fez, enche-se de significação para ele. Cristo, a Majestade do Céu, tornou-Se pobre, para que pela Sua pobreza pudéssemos tornar-nos ricos; não ricos meramente de dotes, mas ricos de consecuções. TM 121 2 Essas são as riquezas que Cristo deseja ardentemente que Seus seguidores possuam. Ao ler o verdadeiro inquiridor da verdade a Palavra, e abrir a mente para recebê-la, almeja a verdade de todo o coração. O amor, a piedade, a ternura, a cortesia, a delicadeza cristã, que serão os elementos nas mansões celestiais que Cristo foi preparar para os que O amam, apossam-se de sua alma. Seu propósito é firme. Está determinado a permanecer do lado da justiça. A verdade achou caminho para o coração e ali está implantada pelo Espírito Santo, que é a verdade. Quando a verdade se apossa do coração, dá o homem segura evidência disso, tornando-se um mordomo da graça de Cristo. TM 122 1 O coração do verdadeiro cristão está imbuído do verdadeiro amor, da mais ardorosa sede de almas. Não descansa enquanto não estiver fazendo tudo que está nas suas forças para buscar e salvar o perdido. Gastam-se tempo e forças; não se evita o trabalho exaustivo. Deve dar a outros a verdade que tanta alegria, paz e regozijo no Espírito Santo trouxe à alma. TM 122 2 Quando a alma verdadeiramente convertida goza o amor de Deus, sente a sua obrigação de tomar o jugo com Cristo, e trabalhar em harmonia com Ele. O Espírito de Cristo sobre ele repousa. Revela o amor, a piedade, a compaixão do Salvador, porque é um com Cristo. Anela levar outros a Jesus. Seu coração se desmancha de ternura ao ver o perigo em que estão as almas que se encontram longe de Cristo. Cuida das almas como alguém que deve prestar contas. Com convites e rogos misturados com certezas das promessas de Deus, procura ganhar almas para Cristo; e isso é registrado nos livros. É um colaborador de Deus. TM 122 3 Não é Deus o próprio objeto de imitação? Deve ser obra da vida cristã, revestir-se de Cristo, e levar a si mesmo para a mais perfeita semelhança com Cristo. Os filhos e filhas de Deus devem avançar na semelhança com Cristo, nosso modelo. Diariamente devem contemplar Sua glória e admirar a Sua incomparável excelência. Ternos, verdadeiros e plenos de compaixão devem eles tirar as almas do fogo, detestando mesmo as roupas manchadas pela carne. Não estamos trabalhando sozinhos TM 123 1 Há um trabalho a ser feito pelo povo de Deus. O que é a verdadeira eloqüência na vida humana? É um coração cheio de sentimentos puros, a veneração por todos os mandamentos de Deus. Mas não se tem feito trabalho fervoroso. Tem-se realizado certa rotina de deveres, mas isto não basta. Saí do canal comum. Se não puderdes alcançar os membros das igrejas não fiqueis desanimados. Levai o trabalho aos caminhos, e se a justiça própria daqueles por quem trabalhais não for penetrada pelo fermento da verdade, saí da rotina usual para os valados, e aí fazei vosso trabalho missionário. TM 123 2 Deus não vos deixará trabalhar sozinhos. Desde a proclamação da mensagem do terceiro anjo, têm os anjos de Deus esperado para cooperar com o agente humano que está zeloso, e determinado a trabalhar. Devemos aprofundar-nos mais nas minas da verdade do que o temos feito. TM 123 3 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Oh, que amor tem Deus mostrado para com o homem caído! Por que os que conhecem a verdade passam de largo por tantos que estão em amarga necessidade? TM 123 4 O culto todo do Israel antigo era uma forma de promessa em figura e símbolos de Cristo; e não era apenas promessa, mas uma providência real designada por Deus, com o fim de ajudar a milhões de pessoas mediante a elevação de seus pensamentos Àquele que Se manifestaria ao nosso mundo. Cristo a revelação de Deus TM 123 5 Em Cristo o mundo contemplou o Deus invisível. "Estou no Pai", disse Ele, "e o Pai em Mim." "Quem Me vê a Mim vê o Pai." "Se vós Me conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a Meu Pai; e já desde agora O conheceis, e O tendes visto." Em todos os nossos atos de verdadeira devoção, fixamos os olhos da fé sobre o nosso Advogado que está entre o homem e o trono eterno, esperando atender todos os nossos esforços, e pelo Seu Espírito ajudar-nos a obter mais perfeito conhecimento de Deus. TM 124 1 O Cordeiro de Deus é-nos representado como estando "sobre o trono" de Deus. É Ele a grande ordenança pela qual o homem e Deus se unem e comungam juntos. Assim é o homem representado como estando assentado nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Este é o lugar designado para o encontro entre Deus e a humanidade. TM 124 2 "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos um. Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." Cristo pôs a natureza humana numa relação pessoal para com a Sua própria divindade. Assim deu Ele um centro sobre que a fé do Universo se devia firmar. TM 124 3 É o desígnio de Deus que Sua lei seja obedecida por todos os que crêem em Jesus Cristo. Satanás sabia que se a família humana pudesse ser induzida a crer que Deus aboliu Sua norma moral de caráter, o homem não teria um espelho moral, no qual pudesse olhar e ver que espécie de pessoa era. TM 125 1 "Porque se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural: porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de que tal era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito. Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações; e guardar-se da corrupção do mundo." TM 125 2 Essa é a palavra do Deus vivo. A lei é o grande espelho moral de Deus. Deve ele comparar suas palavras, seu espírito, suas ações com a Palavra de Deus. Se decidirmos que não temos nesses últimos dias um trabalho designado para nós fora do rumo comum das igrejas nominais, defrontar-nos-emos com um grande desapontamento. A grande questão a ser investigada, pesada e decidida é: Que posso eu fazer para alcançar as almas perdidas? Deus exige que os adventistas do sétimo dia façam um trabalho que eu não preciso definir. A menos que o trabalho seja primeiramente feito em nosso coração, todas as instruções específicas que poderiam ser dadas para determinar suas ações, será um trabalho inútil. TM 125 3 Lede o segundo capítulo de Tiago. Praticai a verdade em vossa vida diária, e sabereis que trabalho o Senhor vos deu a fazer. Lede também o quarto capítulo, especialmente os versículos 5-12; e o capítulo cinco, especialmente os versículos 13-20. Esses capítulos são letra morta para o maior número dos que pretendem ser adventistas do sétimo dia. Foi-me determinado apontar-vos essas escrituras, e o capítulo sete de S. Mateus. Precisais estudar cada palavra como se fosse para salvar a vossa vida. TM 126 1 O que a igreja de Battle Creek precisa é ser obradores da palavra. Isso levará grande número de pessoas a saírem de Battle Creek para outros lugares, para vilas e cidades onde o povo não teve a luz e as oportunidades que tendes tido. Muitas pessoas agora estão pendendo na balança. Não estão com Cristo. Não estão ajuntando com Cristo. Sua influência está dividida. Eles espalham. TM 126 2 Atentai especialmente para estas palavras: "Todo aquele, pois, que escuta estas Minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas Minhas palavras, e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda." Muitas casas que agora a gente supõe estarem seguras, cairão. O Senhor declara que não aceitará o serviço dividido. Preciosas palavras de advertência e promessa TM 126 3 Se derdes ouvidos às palavras de advertência que se encontram nos capítulos que me foi ordenado apresentar-vos, mudareis de atitude, e vos tornareis filhos de Deus. Assim podereis salvar vossa alma pela fé em Jesus Cristo. Recebereis o conselho dado no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Se seguirdes as orientações dadas, cumprir-se-á a promessa: "Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda. Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-Me aqui: se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar vaidade; e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam." TM 127 1 Empreendei o trabalho que vos foi designado. O Senhor cumprirá a promessa de Sua parte. Esses escritos inspirados nunca vos teriam sido dados se o Senhor não tivesse tido confiança em que poderíeis fazer tudo que Ele exige. Podeis atender ao convite: "Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." TM 127 2 Podeis atingir às alturas para as quais o Espírito Santo vos chama. A verdadeira religião significa viver a Palavra em vossa vida prática. Vossa profissão pouco valor terá sem a execução prática da Palavra. "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Esta é a condição do discipulado. "Eis aqui o Meu Servo, que escolhi, o Meu Amado em quem a Minha alma se compraz: Porei sobre Ele o Meu Espírito, e anunciará aos gentios o juízo. Não contenderá, nem clamará, nem alguém ouvirá pelas ruas a Sua voz; não esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo; e no Seu nome os gentios esperarão." TM 127 3 Graças a Deus porque se está fazendo um trabalho fora da igreja. A igreja não tem sido devidamente educada para trabalhar fora de seu próprio povo. Muitas almas fora da igreja poderiam ter sido iluminadas e muito mais luz trazida para a igreja, se todo o membro da igreja, em cada país, que pretende ter a luz avançada da verdade, tivesse trabalhado de coração e alma e com a voz a fim de ganhar almas para a verdade. Demasiado pouco trabalho está sendo feito pelos membros da igreja em prol dos que necessitam da luz, os que estão fora da igreja dos adventistas do sétimo dia. O Senhor declara: "Não esmagará a cana quebrada, e não apagará o morrão que fumega, até que faça triunfar o juízo; e no Seu nome os gentios esperarão." Os que cooperam com Jesus Cristo, reconhecerão que todas essas promessas se cumprem em sua própria experiência. O Senhor tem determinado o dever de toda a alma. No juízo, ninguém terá qualquer escusa a apresentar por não cumprir o seu dever. Uma prova mais íntima do discipulado TM 128 1 A prova do discipulado não é exercida tão intimamente como devia ser sobre os que se apresentam para o batismo. Deve-se compreender se os que professam ser convertidos estão simplesmente tomando o nome de adventistas do sétimo dia, ou se estão assumindo sua posição ao lado do Senhor, para sair do mundo e serem separados e não tocarem em coisa imunda. Ao darem evidência de que compreendem plenamente sua posição, devem ser aceitos. Mas quando mostram que estão seguindo os costumes, modas e sentimentos do mundo, deve-se lidar fielmente com eles. Se não sentem a responsabilidade de mudar seu procedimento, não devem ser conservados como membros da igreja. O Senhor deseja que os que compõem a Sua igreja sejam despenseiros fiéis e verdadeiros da graça de Cristo. TM 129 1 O pecado destes últimos dias recai sobre o professo povo de Deus. Pelo egoísmo, amor aos prazeres e o amor ao vestuário, negam o Cristo que sua filiação à igreja diz que estão seguindo. Dou graças a Deus porque Jesus Cristo conhece cada impulso do coração do crente. Professam ser filhos de Deus, muitos que não seguem a Cristo. Sua frivolidade, sua conversa barata, sua falta de piedade de alto tono, seus baixos alvos, desencaminham a outros que seguiriam um rumo diferente não fosse o exemplo desses caracteres enganosos, que não amam a Cristo nem fazem a Sua vontade, mas simplesmente seguem à sua própria imaginação. TM 129 2 Jesus está familiarizado com todos os corações humildes, mansos e submissos. Estes têm provas e cometem erros, mas se afligem porque ofenderam o Salvador que os amou e por eles morreu. Vão humildemente aos Seus pés; ferem as Suas batalhas. Com coração manso e humilde procuram fazer bem aos outros. Procuram levar avante a causa da verdade, e com esforço bom e sincero. TM 129 3 O Senhor Jesus ama aqueles por quem deu a vida; e quando permitem que influências mundanas se interponham entre eles e seu Ajudador, quando preferem ídolos a Cristo, quando consideram com indiferença Seus apelos à alma humana, e não há resposta, Jesus é ofendido. Ele sabe que eles estão enfrentando grande perda; pois são pedras de tropeço para os pecadores. Não estão ajuntando com Cristo, mas separando dEle. Mas quando, por grande aflição o Espírito de Deus lhes toca o coração, e para Ele se voltam, ouvir-lhes-á as orações. Cristo sabe a capacidade que deu a cada alma para servi-Lo, para o seu bem presente e eterno. Ele deseja que estas almas não O desapontem. Ele quer que brilhem em Seu reino. TM 130 1 Os que mais altas honras terão são os que diariamente tomam a sua cruz e seguem a Cristo. Tornar a verdade uma realidade TM 130 2 O Senhor Jesus exige que toda alma torne a verdade uma realidade. Mostrai que credes não estar a metade com Cristo e a metade com o mundo. Dos tais diz Cristo: "Oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Aquele que aprecia o amor de Cristo será fervoroso obreiro de Cristo para levar outros, como molhos, ao Mestre. Trabalho completo é sempre realizado por todos os que estão ligados com Cristo. Produzem frutos para Sua glória. Mas a indolência, o descuido e a frivolidade, separam a alma de Cristo, e Satanás entra para operar a sua vontade no pobre súdito mundano. Temos uma grande verdade; mas pela descuidada indiferença, a verdade tem perdido sua força sobre nós. Satanás tem entrado com suas especiosas tentações, e tem afastado de seu Guia os professos seguidores de Cristo, classificando-os com as virgens loucas. TM 130 3 O Senhor vem, e nós precisamos agora ter em nossos vasos e em nossas lâmpadas o óleo da graça. Pergunto: Quem estará agora ao lado do Senhor? Antes de Jesus ir embora, prometeu voltar e levar-nos para Si mesmo, "para que onde Eu estiver", disse Ele, "estejais vós também". Somos estrangeiros e peregrinos neste mundo. Devemos esperar, vigiar, orar e trabalhar. Toda a mente, toda a alma, todo o coração, e toda a força, foram comprados pelo sangue do Filho de Deus. Não devemos julgar ser nosso dever usar uma roupa de peregrino justamente de tal cor, justamente de tal formato, mas vestes asseadas e modestas que a Palavra inspirada nos ensina dever usar. Se nosso coração estiver unido com o de Cristo, teremos o mais intenso desejo de ser revestidos de Sua justiça. Nada será colocado sobre a pessoa para atrair a atenção ou criar controvérsia. TM 131 1 Cristianismo -- quantos há que não sabem o que ele é! Não é algo posto no exterior. É uma vida ornada com a vida de Cristo. Significa estarmos usando as vestes da justiça de Cristo. Quanto ao mundo, dirão os cristãos: Não nos intrometeremos na política. Dirão decididamente: Somos peregrinos e estrangeiros; a nossa cidadania é de cima. Não serão vistos escolhendo companhia para o divertimento. Dirão: Deixamos de ser apaixonados por coisas infantis. Somos estrangeiros e peregrinos e olhamos para uma cidade que tem fundamento e cujo construtor e autor é Deus. A observância do Sábado, o sinal de lealdade TM 131 2 Apelo a todos os que se têm unido numa atitude errada quanto ao princípio para que façam decidida reforma e depois disto andem para sempre humildemente com Deus. O mundo está prestes a ser julgado. Um Deus justo deve vindicar a morte de Seu Filho. Hoje os homens estão escolhendo a Barrabás, e dizendo, crucificai a Cristo. Fá-lo-ão na pessoa de Seus santos. Seguirão no mesmo terreno que os sacerdotes e escribas judeus seguiram em seu tratamento para com Cristo. Ele, o Filho de Deus, e Homem inocente, foi morto por ter dito aos homens verdades que não lhes agradava ouvir. Contudo era Ele o Filho do Deus infinito. TM 132 1 Os que hoje desprezam a lei de Jeová, não demonstrando respeito aos Seus mandamentos, estão tomando o lado do grande apóstata. Proclamam a um mundo corrompido pelo pecado que a lei de Deus é nula e vã. Os que declaram ser isto verdade enganam o povo e têm virtualmente pregado a lei de Jeová à cruz entre dois ladrões. Que pensamento! TM 132 2 Perante os mundos não caídos, e o universo celeste, terá o mundo de dar contas ao Juiz de toda a Terra, ao mesmo que eles condenaram e crucificaram. Que dia de juízo será ele! É o grande dia da vingança de Deus. Cristo não está então no tribunal de Pilatos. Pilatos e Herodes, e todos os que dEle mofaram, que O açoitaram, rejeitaram e crucificaram, então compreenderão o que significa sentir a ira do Cordeiro. Seus atos aparecerão diante deles em seu verdadeiro caráter. Um terrível engano TM 132 3 Que terrível engano está na mente dos que pensam que o mundo está ficando cada vez melhor! Cristo declara: "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." "Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam até que veio o dilúvio, e os levou a todos -- assim será também a vinda do Filho do homem." A tal ponto chegará o mundo ao rejeitar a lei de Deus. TM 132 4 "E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou não misturado, no cálice da Sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome." TM 133 1 João foi convidado a contemplar um povo distinto dos que adoram a besta ou a sua imagem observando o primeiro dia da semana. A observância desse dia é o sinal da besta. João declara: "Aqui está a paciência dos santos: Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." TM 133 2 "E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." É-nos mostrado claramente que haverá dois grupos quando aparecer o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Em que grupo desejamos ser encontrados? "Eis que cedo venho", diz Cristo, "e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro. Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Este é o destino dos observadores dos mandamentos. Não deveríamos todos nós desejar pertencer ao número dos que têm direito à árvore da vida e que entram na cidade pelas portas? TM 133 3 Adão e Eva, e sua posteridade, perderam o direito à árvore da vida devido à sua desobediência. "Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de Nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente; o Senhor Deus, pois o enviou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado." Adão e Eva transgrediram a lei de Deus. Isso tornou necessário serem expulsos do Éden e separados da árvore da vida, pois dela comer depois da transgressão perpetuaria o pecado. "O Senhor Deus, pois, o lançou fora do Jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao Oriente do Jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor para guardar o caminho da árvore da vida." O homem dependia da árvore da vida para ter a imortalidade, e o Senhor tomou as precauções para que os homens não comessem da árvore da vida, e vivessem "eternamente" -- tornando-se pecadores imortais. TM 134 1 A morte entrou no mundo devido à transgressão. Mas Cristo deu Sua vida para que o homem tivesse outra prova. Não morreu Ele na cruz para abolir a lei de Deus, mas para garantir ao homem uma segunda prova. Não morreu para tornar o pecado um atributo imortal; morreu para garantir o direito de destruir aquele que tinha o império da morte, isto é, o diabo. Sofreu toda a penalidade de uma lei quebrada pelo mundo todo. Fê-lo, não para que o homem pudesse continuar na transgressão, mas para que eles pudessem voltar à sua lealdade e guardar os mandamentos de Deus, e a Sua lei como a menina de seus olhos. Um sinal de lealdade TM 134 2 O sinal da obediência, é a observância do sábado do quarto mandamento. Se os homens observarem o quarto mandamento, observarão todo o resto. Não foi voz humana que falou a Moisés, dando-lhe o sábado como sinal. "Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Tu pois fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis os Meus sábados: Porquanto isto é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações para que saibais que Eu sou o Senhor que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será extirpada do meio do Meu povo." TM 135 1 O Senhor não deixa um preceito tão importante quanto este sem uma especificação definida. "Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado do descanso, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá. Guardarão, pois, o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo." Filosofia humana ou revelação divina TM 135 2 Declara a filosofia humana ter sido tomado um período indefinido de tempo na criação do mundo. Declara Deus assim a questão? Não; diz Ele: "Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre: Porque em seis dias [não seis períodos indefinidos de tempo; pois então não haveria possibilidade de o homem observar o dia especificado no quarto mandamento] fez o Senhor os céus e a Terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-Se." Por bondade lede cuidadosamente o quinto capítulo de Deuteronômio. Deus diz outra vez: "Lembra-te [não te esqueças] do dia do sábado para o santificar. ... Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou: Portanto abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou." TM 135 3 Contudo, tendo diante de si os vivos oráculos, aqueles que pretendem pregar a palavra apresentam suposições de mentes humanas, as máximas e mandamentos de homens. Anulam a lei de Deus pelas suas tradições. O sofisma quanto a ser o mundo criado em um período de tempo indefinido, é uma das falsidades de Satanás. TM 136 1 Deus fala à família humana em linguagem que eles podem compreender. Não deixa a questão tão indefinida que os seres humanos possam manejá-la segundo as suas teorias. Quando o Senhor declara que fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, quer dizer o dia de vinte e quatro horas, que Ele assinalou pelo nascer e o pôr do sol. TM 136 2 Deus não daria sentença de morte pelo desrespeito ao sábado, a menos que tivesse dado ao homem clara compreensão do sábado. Depois de ter criado o mundo e o homem, contemplou a obra que fizera e declarou-a muito boa. E ao ser posto o fundamento da Terra, foi posto também o fundamento do sábado. Quando as estrelas da manhã juntamente cantaram e todos os filhos de Deus rejubilaram, viu Deus que o sábado era necessário ao homem, mesmo no Paraíso. Ao dar o sábado, Deus considerou a saúde espiritual e física do homem. Não qualquer dia em sete TM 136 3 Deus fez o mundo em seis dias literais, e no sétimo dia literal descansou de toda a Sua obra que fizera, e restaurou-Se. Assim deu ao homem seis dias em que trabalhar. Mas santificou o dia de Seu descanso, e deu-o ao homem para ser observado, livre de todo o trabalho secular. Ao separar assim o sábado, deu Deus ao mundo um memorial. Não separou Ele um de qualquer dia em sete, mas um dia especial, o sétimo dia. E ao observar o sábado, mostramos que reconhecemos a Deus como Deus vivo, o Criador do Céu e da Terra. TM 136 4 Nada há no sábado que o restrinja a qualquer grupo de pessoas. Foi dado para a humanidade. É para ser empregado não em indolência, mas na contemplação das obras de Deus. Isto os homens devem fazer para que possam saber "Que Eu sou o Senhor que os santifica." TM 137 1 O Senhor fica bem perto do Seu povo no dia que Ele abençoou e santificou. "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de Suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia e uma noite mostra sabedoria a outra noite." O sábado é o memorial de Deus, apontando ao homem o Criador, que fez o mundo e todas as coisas que nele há. Nas eternas montanhas, nas árvores majestosas, em cada botão que desabrochando, floresce, podemos observar a obra do grande Artista Mestre. Tudo nos fala de Deus e de Sua glória. TM 137 2 Todo o filho leal de Deus procurará conhecer a verdade. João declarou a verdade de maneira tão clara que uma criança a pode entender. "Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos. E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece." Escolhemos ser contados com os que não podem discernir a verdade, que foram tão cegados pelo poder enganador do inimigo que não vêem Aquele que é a expressa imagem do Pai? TM 137 3 Os seguidores de Cristo são de classe inteiramente diversa. "Mas vós O conheceis porque habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. Ainda um pouco, e o mundo não Me verá mais, mas vós Me vereis; porque Eu vivo, e vós vivereis." "Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele." TM 138 1 "Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem Me não ama, não guarda as Minhas palavras; ora a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou." A palavra de um ser humano não deve ser recebida e crida sem interrogação. Devemos perguntar primeiro: Falam eles em harmonia com a Palavra? Recusam um claro "Assim diz o Senhor" por verem que isto envolve uma cruz? De que lado estais? TM 138 2 Estamos no lado dos que recusam ser leais a Deus? Estes não têm interesse em conhecer a Deus. Rejeitam o divino Filho de Deus, a personificação de toda a bondade humana. Colocam-se com os que, embora nenhuma falta possa ser apresentada contra Cristo, escolhem em Seu lugar um ladrão e um assassino. Isso testifica do gosto moral do mundo. Estaremos do lado do mundo, ou ao lado de Cristo, que declarou: "Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai"? TM 138 3 A Palavra do Senhor permanecerá para sempre. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandeceu nas trevas, e as trevas não a compreenderam... Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." TM 139 1 Os que pela fé recebem a Cristo como seu Salvador pessoal não podem estar em harmonia com o mundo. Há duas classes distintas: Uma é leal a Deus, guardando os Seus mandamentos, enquanto a outra fala e age como o mundo, pondo de lado a Palavra de Deus, que é a verdade, e aceitando as palavras do apóstata, que rejeitou a Jesus. A quem escolhereis? TM 139 2 Do lado de quem estamos? O mundo lançou fora a Cristo; os Céus O receberam. O homem, o homem finito, rejeitou o Príncipe da vida; Deus, nosso Legislador Soberano, recebeu-O nos Céus. Deus O tem exaltado. O homem O coroou com um coroa de espinhos; Deus O tem coroado com uma coroa de real majestade. Todos nós devemos pensar honestamente: quereis que este Homem, Cristo Jesus, reine sobre vós, ou quereis a Barrabás? A morte de Cristo traz sobre o que rejeita Sua misericórdia a ira e os juízos de Deus, sem mistura de misericórdia. Esta é a ira do Cordeiro. Mas a morte de Cristo é esperança e vida eterna a todos os que O recebem e nEle crêem. TM 139 3 Deus, com toda a certeza chamará o mundo a juízo para vindicar a morte de Seu Filho Unigênito, O que esteve ante o tribunal de Pilatos e Herodes. Aquele que está agora nas cortes celestiais intercedendo pelo povo que O recusou. Escolheremos o selo do mundo, ou escolheremos ser o povo separado, peculiar de Deus? Receberemos um "Assim diz o Senhor", em lugar do "Assim diz" do homem? O poder papal, o homem do pecado, afirma que a igreja católica romana mudou a lei de Deus. Em lugar do sétimo dia, batizaram e apresentaram ao mundo um filho do papado, o primeiro dia da semana para ser observado como o santo dia de descanso. O mundo protestante tem recebido esse filho do papado, tem-no embalado e a ele tem dado a honra que Deus colocou no sétimo dia. TM 140 1 "Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus, para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo só é gente sábia e entendida. Por que, que gente há tão grande que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O chamamos? E que gente há tão grande que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós? Tão-somente guarda-te a ti mesmo, e guarda bem a tua alma, que te não esqueças daquelas coisas que os teus olhos têm visto, e se não apartem do teu coração todos os dias da tua vida; e as farás saber a teus filhos, e aos filhos de teus filhos; o dia em que estiveste perante o Senhor teu Deus em Horebe, quando o Senhor me disse: Ajunta-Me este povo, e os farei ouvir as Minhas palavras, e aprendê-las-ão, para Me temerem todos os dias que na Terra viverem e as ensinarão a seus filhos... Então vos anunciou Ele o Seu concerto, que vos prescreveu e os Dez Mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra." TM 140 2 "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás pois ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas." TM 141 1 "Porque povo santo és ao Senhor teu Deus: O Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há. O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos; mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte... Guarda pois os mandamentos, e os estatutos, e os juízos que hoje te mando fazer." Lede cuidadosamente, por favor, todo o capítulo sete de Deuteronômio, e pensai na palavra do Senhor. TM 141 2 Desviar-vos-eis de um claro "Assim diz o Senhor" depois de ler a história do pecado de Adão e de sua queda? Ele caiu porque baniu da mente as palavras do Senhor e deu ouvidos às palavras de Satanás. Valerá a pena transgredir? Pela transgressão Adão perdeu o Éden. Pela transgressão dos mandamentos de Deus o homem perderá o Céu e uma eternidade de glória. Isto não é história ociosa, mas verdade. Pergunto outra vez: De que lado estais? "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o." ------------------------Capítulo 5 -- Um solene apelo a ministros Apelo para mais elevada norma TM 142 0 Petoskey, Michigan, 20 de Agosto de 1890. TM 142 1 Prezados Irmãos: Não vos posso exprimir meu peso e angústia mental quanto à verdadeira condição da causa, que me tem sido apresentada. Há homens que trabalham na qualidade de professores da verdade, que necessitam aprender suas primeiras lições na escola de Cristo. O poder convertedor de Deus deve sobrevir ao coração dos ministros ou estes devem procurar alguma outra vocação. Se os embaixadores de Cristo reconhecerem a solenidade de apresentar a verdade ao povo, serão homens sóbrios e sensatos, colaboradores de Deus. Se tiverem o verdadeiro senso da comissão que Cristo deu a Seus discípulos, com reverência abrirão a Palavra de Deus e atenderão à instrução do Senhor pedindo sabedoria do Céu para que, ao estarem entre os vivos e os mortos, possam reconhecer que devem prestar contas a Deus pelo trabalho que está em suas mãos. Um ministro gracejador TM 142 2 Que pode um ministro fazer sem Cristo? -- Verdadeiramente, nada. Então, se for homem frívolo e gracejador, não está preparado para realizar o dever sobre ele colocado pelo Senhor. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podeis fazer." As palavras levianas que lhe saem dos lábios, as frívolas anedotas, as palavras pronunciadas para provocar riso, são todas condenadas pela Palavra de Deus, e estão inteiramente fora de lugar no púlpito sagrado. TM 143 1 Digo-vos claramente, irmãos, que a menos que os ministros sejam convertidos, nossas igrejas serão doentias e estarão prestes a morrer. Só o poder de Deus poderá mudar o coração humano e imbuí-lo com o amor de Cristo. Somente o poder de Deus pode corrigir e dominar as paixões e santificar as afeições. Todos os que ministram devem humilhar seu orgulhoso coração. Submeter sua vontade à vontade de Deus, e esconder sua vida com Cristo em Deus. TM 143 2 Qual é o alvo do ministério? É misturar o cômico com o religioso? O teatro é que é o lugar para tais exibições. Se Cristo for formado interiormente, se a verdade, com seu poder santificador, for levada para o santuário íntimo da alma, não tereis homens folgazões, nem tereis homens ásperos, mal-humorados, intratáveis, a ensinar as preciosas lições de Cristo às almas que perecem. TM 143 3 Nossos ministros necessitam uma transformação de caráter. Devem sentir que se suas obras não forem realizadas em Deus, se forem deixados à mercê de seus próprios e imperfeitos esforços, são os mais infelizes de todos os homens. Cristo estará com todo o ministro que, embora não tenha alcançado a perfeição de caráter, está procurando com o maior fervor tornar-se semelhante a Cristo. Tal ministro orará. Chorará entre o alpendre e o altar, clamando com angústia de alma para que com ele esteja a presença do Senhor; de outro modo não pode estar diante do povo com todo o Céu a contemplá-lo e a pena do anjo tomando nota de suas palavras, seu comportamento, e seu espírito. TM 143 4 Oh, se os homens temessem ao Senhor! Oh, se eles amassem ao Senhor! Oh, se os mensageiros de Deus sentissem o peso das almas que perecem! Então não fariam meramente arengas; mas teriam o poder de Deus a vitalizar-lhes a alma, e seu coração se inflamaria com o fogo do amor de Deus. Da fraqueza tirariam forças; pois seriam obradores da Palavra. Ouviriam a voz de Jesus: "Eis que Eu estou convosco todos os dias." Jesus seria o seu Mestre; e a palavra que ministram seria viva e eficaz, mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, discernindo os pensamentos e intenções do coração. Justamente na proporção em que o orador aprecia a presença divina e honra o poder de Deus e nEle confia, é ele reconhecido como colaborador de Deus. Justamente nesta proporção se torna ele poderoso em Deus. TM 144 1 Deve haver um poder enobrecedor, soerguedor, um constante crescimento no conhecimento de Deus e da verdade, da parte daquele que está buscando a salvação de almas. Se o ministro pronuncia palavras extraídas dos vivos oráculos de Deus, se crê na cooperação de Cristo, de quem é servo, e por ela espera; se esconde o eu e exalta a Cristo, o Redentor do mundo; suas palavras alcançarão os seus ouvintes e sua obra trará as credenciais divinas. O Espírito Santo deve ser o instrumento vivo para convencer do pecado. O agente divino apresenta ao orador os benefícios do sacrifício feito na cruz; e ao ser a verdade posta em contato com as almas presentes, ganha-as Cristo para Si mesmo e opera para lhes transformar a natureza. Ele está pronto para nos ajudar nas fraquezas, para nos ensinar, dirigir e inspirar com idéias de origem celestial. TM 144 2 Quão pouco podem os homens fazer na obra de salvar almas, e no entanto quanto poderão fazer por meio de Cristo, se forem imbuídos com Seu Espírito! O mestre humano não pode ler o coração dos seus ouvintes, mas Jesus concede a graça de que cada alma necessita. Ele conhece a capacidade dos homens, as suas fraquezas e a sua força. O Senhor está operando no coração humano, e o ministro pode ser para as almas que lhes estão ouvindo as palavras um cheiro de morte para morte, desviando-as de Cristo; ou, se for consagrado, devoto, se não confia em si mesmo, mas olha para Jesus, pode ser um cheiro de vida para vida para as almas que já estão sob o poder convencedor do Espírito Santo, e em cujo coração o Senhor está preparando o caminho para as mensagens que Ele tem dado ao agente humano. Assim é tocado o coração do descrente, e ele atende à mensagem da verdade. "Somos cooperadores de Deus." As convicções implantadas no coração, e a iluminação do entendimento pela entrada da Palavra operam em perfeita harmonia. A verdade apresentada à mente tem o poder de despertar as energias adormecidas da alma. O Espírito de Deus, ao trabalhar no coração, coopera com a operação de Deus por meio de Seus instrumentos humanos. Quando os ministros reconhecem a necessidade de completa reforma em si mesmos, quando sentem que devem alcançar uma norma mais elevada, sua influência sobre as igrejas será soerguedora e purificadora. As faltas secretas devem ser vencidas TM 145 1 Há pecadores no ministério. Não estão eles porfiando por entrar pela porta estreita. Deus não trabalha com eles, pois não pode suportar a presença do pecado. Essa é a coisa que Sua alma aborrece. Mesmo aos anjos que estavam ao redor do Seu trono, a quem Ele amava, mas que não conservaram seu primeiro estado de lealdade, expulsou Deus do Céu com seu guia rebelde. A santidade é o fundamento do trono de Deus; o oposto da santidade é o pecado; o pecado crucificou o Filho de Deus. Pudessem os homens ver quão odioso é o pecado e não o tolerariam nem nele se educariam. Reformariam sua vida e caráter. As faltas secretas seriam vencidas. Se quiserdes ser santos nos Céus primeiramente precisais ser santos na Terra. TM 146 1 Há grande necessidade de nossos irmãos vencerem faltas secretas. Sobre eles pende, como nuvem, o desprazer de Deus. As igrejas são fracas. O egoísmo, a falta de caridade, a cobiça, a inveja, as más suspeitas, a falsidade, o roubo, o furto, a sensualidade, a licenciosidade e o adultério, estão registrados contra alguns que dizem crer na solene e sagrada verdade para este tempo. Como poderão estas coisas execráveis ser tiradas do acampamento, quando homens que pretendem ser cristãos as estão praticando constantemente? São um tanto cuidadosos quanto às suas maneiras diante dos homens, mas são uma ofensa a Deus. Seus puros olhos vêem, uma testemunha registra, todos os pecados deles, tanto abertos como secretos; e a menos que se arrependam e confessem os pecados diante de Deus, a menos que caiam sobre a Rocha e sejam quebrantados, seus pecados permanecerão debitados contra eles nos livros de registro. Oh, terríveis histórias se abrirão diante do mundo no Juízo -- histórias de pecados nunca confessados, de pecados não apagados! Oh, se essas pobres almas pudessem ver que estão acumulando ira para o dia da ira! Então os pensamentos do coração, bem como as ações serão revelados. Digo-vos, meus irmãos e irmãs, que há necessidade de humilhardes vossa alma diante de Deus. "Deixai de fazer o mal"; mas não pareis aqui: "Aprendei a fazer o bem." Só podereis glorificar a Deus produzindo fruto para a Sua glória. TM 146 2 Ministros, por amor de Cristo, começai a trabalhar por vós mesmos; devido a vossa vida não santificada, tendes posto pedras de tropeço diante de vossos próprios filhos e diante dos incrédulos. Alguns de vós vos moveis por impulso, agis por paixão ou preconceito, e trazeis a Deus ofertas impuras e maculadas. Por amor de Cristo purificai o acampamento, começando, pela Sua graça, a obra de purificar a alma da corrupção moral. Um ministro folgazão no púlpito, ou o que se está esforçando ao máximo para granjear louvor, é um espetáculo que crucifica novamente o Filho de Deus, e O envergonha abertamente. Deve haver completo arrependimento, fé em nosso Salvador Jesus Cristo, vigilante cuidado, incessante oração e diligente exame das Escrituras. Deus nos considera responsáveis por tudo que poderíamos ser se aproveitássemos os nossos talentos. Seremos julgados de acordo com o que deveríamos ter sido mas não fomos; o que poderíamos ter feito mas não realizamos porque não usamos as nossas faculdades para glorificar a Deus. Por todo o conhecimento que poderíamos ter alcançado mas não alcançamos, haverá uma perda eterna, mesmo que não percamos nossa alma. Toda a nossa influência pertence a Deus. Tudo que adquirimos deve ser usado para Sua glória. Toda propriedade que o Senhor nos confiou deve ser conservada no altar de Deus para Lhe ser novamente devolvida. Estamos forjando nosso próprio destino. Oxalá o Senhor nos ajude a todos para sermos sábios para a eternidade. TM 147 1 Meus irmãos, estamos vivendo no mais solene período da história da Terra. Nunca é hora de pecar; é sempre perigoso continuar em transgressão, mas isto é verdade de maneira especial no presente. Estamos agora no próprio limiar do mundo eterno e na mais solene relação para com o tempo e a eternidade que nunca dantes. Examine agora cada um o próprio coração e suplique que os raios do Sol da Justiça expulsem todas as trevas espirituais e purifiquem da corrupção. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." Pela fé, independente do sentimento, Jesus, o autor de nossa salvação, e consumador de nossa fé, pela Sua preciosa graça fortalecerá as faculdades morais, e os pecadores poderão considerar-se "mortos para o pecado mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor". A fé simples, com o amor de Cristo na alma, une o crente a Deus. Ao pelejar na batalha como fiel soldado de Cristo, tem ele a simpatia de todo o universo leal. Os anjos ministradores estão ao seu redor para ajudá-lo no conflito de modo que ousadamente possa dizer: "O Senhor é o meu ajudador", "o Senhor é a minha força e o meu escudo"; não serei vencido. "Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus." TM 148 1 A sabedoria e poder infinitos de Deus são exercidos em nosso favor. As hostes celestes estão certamente ferindo por nós as nossas batalhas. Estão sempre olhando com intenso interesse para as almas compradas pelo sangue do Salvador. Vêem, pelo sacrifício de Cristo, o valor da alma humana. É sempre seguro estar do lado do Senhor, não pela metade mas inteiramente. É esse trabalho pela metade, indiferente, descuidado, que separa vossa alma de Jesus, a Fonte de vossa força. Seja essa a vossa oração: "Tira tudo de mim, deixa-me perder a propriedade, a honra mundana, tudo, mas seja comigo a Tua presença." É seguro confiar a guarda da alma a Deus, que reina sobre todo o Céu e a Terra. Examinai as escrituras e orai com fé TM 148 2 Cuidarão os meus irmãos do ministério de trabalhar com circunspecção para atender à ordem do apóstolo Paulo a Tito: "Exorta semelhantemente os mancebos a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sadia e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós"? Tito 2:6-8; ler também os versículos 11-15. TM 148 3 Foi-me mostrado que da parte dos ministros de todas as nossas Associações, há negligência no estudo das Escrituras, na procura da verdade. Se sua mente fosse devidamente disciplinada e abastecida com as preciosas lições de Cristo, então em qualquer tempo e em qualquer emergência, poderiam extrair da casa do tesouro do conhecimento tanto coisas novas como velhas para alimentar a igreja de Deus, dando a cada homem sua porção do alimento no tempo próprio. Se Cristo está morando na alma, será como uma fonte viva, "uma fonte d'água que salte para a vida eterna". TM 149 1 Digo as coisas que vi e são verdadeiras para que pelo esforço bem dirigido e perseverante possa haver muitas, muitíssimas almas mais levadas ao conhecimento da verdade. Oh, o fim está próximo! Quem está pronto para que Cristo Se levante de Seu trono para envergar as vestes de vingança? Que nomes estão registrados no livro da vida do Cordeiro? Aí só estarão os nomes dos que seguem o Cordeiro para onde quer que for. Vossas idéias errôneas, vossos aspectos objetáveis de caráter devem ser abandonados, e deveis ser vestidos das vestes da justiça de Cristo. Fé e Amor -- como se encontram as igrejas destituídas disto! Aconselha-nos o Negociante celeste: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas;.. e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas". Não permita Deus que os que estão pregando em nossos campos sejam como as virgens loucas, tendo lâmpadas, mas destituídas do óleo da graça que faz a lâmpada arder e irradiar luz. Oh, necessitamos de mais ministros que orem -- homens que levem solene peso de almas -- homens que tenham uma fé que opera por amor e purifica a alma. Sem fé é impossível agradar a Deus. Quão imperfeita é a fé em nossas igrejas! Por que não cremos que o Senhor fará justamente o que diz? TM 150 1 Somos servos de Deus e a cada um de nós tem Ele dado talentos tanto naturais como espirituais. Como filhos de Deus devemos estar constantemente alcançando preparo para as mansões celestes que Cristo disse a Seus discípulos que lhes ia preparar. Aquele que lança mão da justiça de Cristo pode tornar-se homem perfeito em Cristo Jesus. Trabalhando de um ponto de vista elevado, procurando seguir o exemplo de Cristo, cresceremos até alcançar a Sua semelhança, possuindo cada vez maior refinamento. TM 150 2 O Salvador orou: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." Os que são disciplinados pela verdade serão obradores da palavra: Serão diligentes leitores da Bíblia, examinando as Escrituras com sincero desejo de conhecer a vontade de Deus e de inteligentemente fazer a Sua vontade. Sede afáveis TM 150 3 Os ministros de nossas Associações precisam andar cuidadosamente diante de Deus. A injunção do apóstolo: "Sede afáveis", é grandemente necessária ao ministrarem, ao cuidarem das almas como quem deve dar contas, ao procurar salvar os que erram. Podeis ser leais ao princípio, podeis ser justos, honestos e religiosos; mas com tudo isto deveis cultivar a verdadeira ternura de coração, a bondade e a afabilidade. Se uma pessoa está em erro sede mais bondosos para com ela; se não fordes afáveis, podereis afugentá-la de Cristo. Cada palavra que falais, mesmo o tom de vossa voz, exprimam vosso interesse e simpatia pelas almas que estão em perigo. Se fordes ásperos, denunciadores, e impacientes para com elas, estareis fazendo a obra do inimigo. Estais para elas abrindo uma porta de tentação, e Satanás vos apresentará a elas como alguém que não conhece o Senhor Jesus. Pensarão que seu próprio caminho está certo, e que são melhores do que vós. Como então podereis ganhar os que erram? Eles sabem reconhecer a piedade genuína expressa em palavras e no caráter. Se quiserdes ensinar o arrependimento, a fé e a humildade, deveis ter o amor de Jesus em vosso coração. A verdade que credes, é capaz de santificar a alma e formar e amoldar todo o homem; não somente mudar-lhe as palavras e o comportamento, mas abater o orgulho e purificar o templo da alma de toda a corrupção. Religião bíblica TM 151 1 A religião bíblica é muito escassa, mesmo entre os ministros. Lamento dia e noite a grosseria, a aspereza, a falta de amor nas palavras e no espírito, manifestas pelos que dizem ser filhos do Rei celestial, membros da família real. Tal dureza de coração, tal falta de simpatia, tal aspereza são mostradas para com os que não são favoritos especiais; e são registradas nos livros dos Céus como um grande pecado. Muitos falam da verdade, pregam-lhe a teoria, quando o amor enternecedor de Jesus não se tornou um elemento vivo e ativo de seu caráter. TM 151 2 É este o século de apostasia quase universal; e os que pretendem ter verdades avançadas desencaminham as igrejas quando não dão evidências de que seu caráter e obras se harmonizam com a verdade divina. A bondade, a misericórdia, a compaixão, a ternura, a amável bondade de Deus devem ser expressas nas palavras, comportamento, e caráter de todos os que dizem ser filhos de Deus, e especialmente naqueles que pretendem ser mensageiros enviados pelo Senhor Jesus com a palavra da vida, para salvar ao que perece. Ordena-lhes a Bíblia que lancem fora tudo que é áspero, grosseiro e rude em seu caráter, e sejam enxertados em Cristo, a Videira viva. Devem produzir a mesma qualidade de frutos que a Videira. Somente assim poderá o ramo ser verdadeira representação da preciosidade da Videira. TM 152 1 Cristo veio ao nosso mundo para revelar o Pai em meio à crassa escuridão do erro e da superstição que então prevalecia. Devem os discípulos de Cristo representá-Lo em sua vida diária, e assim irradiará a verdadeira luz do Céu para o mundo com raios claros e firmes; assim se revelará o caráter inteiramente diferente do que é visto nos que não fazem da Palavra de Deus o seu guia e norma. Entre as trevas que cobrem o mundo e a crassa escuridão que envolve o povo, deve ser preservado o conhecimento de Deus. Século após século tem sido o caráter puro de Cristo mal representado pelos que pretendiam crer nEle e na Palavra de Deus. Tem sido cultivada a dureza de coração. Depressa estão desaparecendo de nossos ministros e igrejas o amor, a bondade e a verdadeira cortesia. Que pode o Universo de Deus pensar a respeito disto? Os que dizem ser representantes de Cristo mostram antes a dureza de coração característica de Satanás, que o tornou incapacitado para o Céu, e um perigo ele ali estar. E justamente assim será com os que conhecem a verdade e assim mesmo fecham a porta do coração contra seu poder santificador. "Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação." Os servos de Cristo não devem ser somente instrumentos pela pregação de Jesus para levar homens ao arrependimento, mas devem continuar seu vigilante cuidado e interesse conservando o Senhor e Salvador Jesus Cristo diante do povo por preceito e exemplo. Devem santificar-se para que seus ouvintes também possam ser santificados. Assim crescerão todos na piedade indo de graça em graça, até que o embaixador de Deus possa apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Então se verá o ofício ministerial em seu verdadeiro e sagrado caráter. Uma norma abaixada TM 153 1 Mas a norma do ministério tem sido grandemente abaixada, e o ministro do verdadeiro santuário é mal representado diante do mundo. Deus está pronto a aceitar homens como Seus colaboradores, e torná-los a luz do mundo, agentes pelos quais graciosamente possa infundir luz no entendimento. Se os homens que dão a mensagem não tiverem a Cristo neles morando, se não forem verdadeiros -- e alguns não são -- oxalá o Senhor os desperte de seu engano antes que seja tarde demais. Deus deseja que os homens sejam ternos de coração, compassivos, e que se amem como irmãos. Jesus espera que abram a porta para que Ele possa entrar e lhes comunicar ao coração o calor de Seu amor, Sua bondade, Sua terna compaixão; para que em toda a sua ligação com a humanidade possa o obreiro revelar o Salvador ao mundo. TM 153 2 Os ministros freqüentemente fazem as vezes de críticos, mostrando sua aptidão e agudeza na controvérsia. Sábado após sábado se passa e raramente se faz no coração e na mente dos ouvintes uma impressão da graça de Cristo. Assim vem o ministério a ser considerado como sem importância. Todo o Céu está trabalhando para a salvação dos pecadores; e quando o mais pobre da família humana vai, arrependido, a seu Pai, como fez o filho pródigo, há alegria entre as hostes celestiais. Há calor, cortesia e amor no Céu. Vão os ministros diante de Deus em oração, confessando os seus pecados, e com toda a simplicidade de uma criancinha peçam as bênçãos de que necessitam. Rogai-Lhe que vos dê o fogo do amor de Cristo, e este amor introduzi-o nos vossos sermões; e não deixeis que ninguém tenha ocasião de sair e dizer que as doutrinas em que credes vos incapacitam para expressar simpatia para com a humanidade sofredora -- que tendes uma religião sem amor. A operação do Espírito Santo calcinará a escória do egoísmo, e revelará um amor que é provado no fogo, um amor que enriquece. Quem tem tais riquezas simpatiza intimamente com Aquele que tanto nos amou que deu a vida para nossa redenção. Não deis glória ao homem TM 154 1 Ao falar aos coríntios, Paulo diz: "Temos, porém, este tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós." Foi isto que Cristo ensinou aos Seus discípulos: "Sem Mim nada podeis fazer." Paulo queria imprimir na mente dos ministros e do povo a razão do evangelho ter sido confiado a homens fracos e faltosos -- para que o homem não pudesse receber a honra devida apenas a Deus, antes Deus recebesse toda a glória. O embaixador não se deve congratular consigo mesmo, e tomar a si a honra do êxito, ou mesmo dividir a honra com Deus, como se pela sua própria força tivesse realizado a obra. Elaborado raciocínio ou demonstrações argumentativas de doutrinas raras vezes imprimem no ouvinte o censo de sua necessidade e perigo. Declarações simples e breves, vindas de um coração tornado brando e compassivo pelo amor de Cristo, serão como o grão de mostarda, ao qual Cristo mesmo assemelhou Suas declarações da verdade divina. Lança Ele na alma a energia vital de Seu Espírito, para fazer a semente da verdade germinar e produzir fruto. TM 154 2 Cuidarão meus irmãos que nenhuma glória seja dada aos homens? Reconhecerão eles que é Cristo que faz a obra no coração humano e não eles mesmos? TM 155 1 Pleitearão a sós com Deus meus irmãos no ministério, em oração secreta, pela Sua presença e Seu poder? Não ouseis pregar outro sermão enquanto não souberdes, pela vossa própria experiência, o que Cristo é para vós. Com corações santificados pela fé na justiça de Cristo, podeis pregar a Cristo, podeis exaltar o Salvador ressurreto perante os vossos ouvintes; com coração submisso e enternecido pelo amor de Jesus, podeis dizer: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!" Cultivai a fé e o amor TM 155 2 Há uma triste negligência da leitura da Bíblia e de examiná-la por vós mesmos com coração humilde. Não tomeis a explanação das Escrituras de nenhum homem, seja a sua posição qual for, mas ide à Bíblia e examinai a verdade vós mesmos. Depois de ouvir a Jesus, disseram os samaritanos: "Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo." Há a mina da verdade. Cavai fundo o poço, e possuireis o conhecimento que é do maior valor para vós. Muitos se têm tornado preguiçosos e criminosamente negligentes quanto ao exame das Escrituras; e estão tão destituídos do Espírito de Deus como do conhecimento de Sua Palavra. Lemos na revelação feita a João, de alguns que tinham o nome de vivos mas estavam mortos. Sim, há muitos destes entre nós como um povo, muitos que pretendem estar vivos, enquanto estão mortos. Meus irmãos, a não ser que o Espírito Santo esteja atuando em vós como um princípio vital, a menos que Lhe estejais obedecendo às sugestões, dependendo de Suas influências, trabalhando no poder de Deus, a mensagem de Deus que tenho para vós é: "Estais sob um engano que se pode demonstrar fatal para vossa alma. Deveis ser convertidos. Deveis receber luz antes de poderdes proporcionar luz. Colocai-vos sob os brilhantes raios do Sol da Justiça." Então podereis dizer com Isaías: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Deveis cultivar a fé e o amor. "À mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o Seu ouvido agravado, para não poder ouvir." Buscai ao Senhor. Não descanseis enquanto não souberdes que Cristo é vosso Salvador. TM 156 1 Desejo, meus irmãos, que tenhais em mente que a religião da Bíblia nunca destrói a simpatia humana. A verdadeira cortesia cristã precisa ser ensinada e praticada, introduzida em todo o nosso intercâmbio com nossos irmãos e com os mundanos. Há necessidade de muito mais amor e cortesia em nossas famílias do que são agora revelados. Quando nossos irmãos do ministério beberem diariamente do Espírito de Cristo, serão verdadeiramente corteses, e não considerarão fraqueza ter coração terno e ser compassivo, pois este é um dos princípios do evangelho de Cristo. Os ensinos de Cristo abrandavam e subjugavam a alma. A verdade, recebida no coração operará uma renovação na alma. Os que amam a Jesus amarão as almas por quem Ele morreu. A verdade plantada no coração revelará o amor de Jesus e o Seu poder transformador. Coisa alguma áspera, azeda, crítica, insolente é de Cristo, mas procede de Satanás. A frieza, insensibilidade, a falta de terna simpatia, estão fermentando o acampamento de Israel. Se se permitir que tais males se fortaleçam como se fortaleceram durante muitos anos no passado, nossas igrejas estarão numa deplorável condição. Todo o ensinador da verdade necessita do princípio da piedade em seu caráter. Não haverá sobrecenhos carregados, nenhum ralhar, nenhuma expressão de menosprezo, da parte de qualquer homem que está cultivando as graças do cristianismo. Sente ele que deve ser participante da natureza divina, e deve estar saciado da fonte inesgotável da graça divina, doutro modo perderá o leite da bondade humana de sua alma. Deve amar aos homens por amor de Cristo. É fácil ao coração natural amar alguns favoritos, e ser parcial para com esses poucos favoritos especiais, mas Cristo nos recomenda amar uns aos outros como Ele nos tem amado. "A sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." TM 157 1 Tendes uma obra séria e solene a fazer para preparar o caminho do Senhor. Necessitais da unção celestial, e a podereis obter. "Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu nome, Ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em Meu nome; pedi, e recebereis para que o vosso gozo se cumpra." Quem pode ser leviano, quem pode empenhar-se em conversas frívolas e comuns enquanto, pela fé, vê o Cordeiro que foi morto pleiteando diante do Pai, como o intercessor da igreja na Terra? TM 157 2 Pela fé, olhemos para o arco-íris que está ao redor do trono, tendo atrás de si a nuvem de pecados confessados. O arco-íris da promessa é uma certeza a cada alma humilde, contrita e crente de que sua vida é uma com Cristo e de que Cristo é um com Deus. A ira de Deus não cairá sobre uma alma que nEle procura refúgio. Deus mesmo declarou: "Vendo Eu o sangue, passarei por cima de vós." "E estará o arco nas nuvens, e Eu o verei, para Me lembrar do concerto eterno." TM 157 3 É Cristo que ama o mundo com um amor que é infinito. Ele deu Sua preciosa vida. Era o Filho unigênito do Pai. Ele ressuscitou novamente dos mortos, e está à mão direita de Deus, intercedendo por nós. Esse mesmo Jesus, com Sua humanidade glorificada, com incessante amor, é nosso Salvador. Ele nos ordenou amar-nos uns aos outros, como Ele nos amou. Cultivaremos então esse amor? Seremos como Jesus? TM 158 1 Muitos dos judeus foram e ouviram a Cristo revelar os mistérios da salvação, mas não foram para aprender; foram para criticar, para apanhá-Lo em qualquer incoerência, para terem algo com que encher o povo de preconceitos. Estavam contentes com seu conhecimento, mas os filhos de Deus devem conhecer a voz do verdadeiro Pastor. Não é este um tempo em que seria muitíssimo próprio jejuar e orar perante Deus? Estamos em perigo de discordar, em perigo de tomar partido num ponto controvertido; e não deveríamos nós buscar a Deus fervorosamente, com humilhação de alma, para podermos saber o que é a verdade? -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. TM 158 2 Cuidai de que pelo vosso exemplo não ponhais outras almas em perigo. Coisa terrível é perdermos nossa própria alma, mas seguir uma conduta que ocasione a perda de outras almas é ainda mais terrível. Que nossa influência seja um cheiro de morte para morte é um pensamento terrível, no entanto isto é possível. Com que fervor, então, devemos guardar nossos pensamentos, nossas palavras, nossos hábitos, nossa disposição! Deus exige santidade pessoal. Somente revelando o caráter de Cristo poderemos nós cooperar com Ele na salvação de almas. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1904. ------------------------Capítulo 6 -- As necessidades humanas e a provisão divina Razões da ineficiência, e o remédio TM 159 0 Melbourne, Austrália, 3 de Julho de 1892 TM 159 1 Desejo dizer aos que pregam a Palavra: "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Todas as vantagens e privilégios que se possam multiplicar para vosso benefício para que sejais educados e treinados, arraigados e fundados na verdade, nenhum auxílio real vos prestarão pessoalmente a não ser que a mente e o coração estejam abertos de tal modo que a verdade encontre entrada, e façais uma consciente renúncia e prática, e de cada pecado que tem fechado a porta contra Jesus. Esquadrinhe a luz de Cristo cada canto escuro da alma; com sincera determinação adotai um correto procedimento. Se vos apegardes a um rumo errado, como muitos de vós estais agora fazendo; e se a verdade não opera em vós com transformador poder de tal modo que lhe obedeçais de coração, porque amais aos seus puros princípios, tende a certeza de que a verdade para vós perderá o seu poder vitalizador, e o pecado se fortalecerá. TM 159 2 Por esse motivo é que muitos não são agentes eficientes do Mestre. Estão constantemente tomando providências para agradarem e glorificarem a si mesmos, ou acariciam a concupiscência em seu coração. Certamente consentem com a lei dos Dez Mandamentos, e muitos ensinam teoricamente a lei; mas não acariciam os seus princípios. Não obedecem ao mandamento de Deus de ser puros, de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Enquanto vivem constantemente na mentira, poderão tais pessoas ter força, poderão ter confiança, tornar-se-ão tais pessoas obreiros eficientes de Deus? TM 160 1 O Salvador orou pelos Seus discípulos: "Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade." Mas se quem recebe o conhecimento da Bíblia, não fizer mudança em seus hábitos ou práticas para corresponder à luz da verdade, que será então? O Espírito peleja contra a carne, e a carne contra o Espírito; e um deles deve vencer. Se a verdade santifica a alma, o pecado é odiado e evitado, porque Cristo é aceito como hóspede honrado. Mas Cristo não pode partilhar de um coração dividido; o pecado e Jesus, nunca estão em parceria. O que aceita a verdade em sinceridade, que come a carne e bebe o sangue do Filho de Deus, tem a vida eterna. "As palavras que Eu vos disse", disse Jesus, "são Espírito e vida." Quando quem recebe a verdade cooperar com o Espírito Santo, irá sobrecarregado com o peso da mensagem para as almas; nunca será apenas um sermoneador. Lançar-se-á de corpo e alma à grande obra de buscar e salvar o que está perdido. Praticando a religião de Cristo, realizará uma boa obra ganhando almas. Sob a obrigação moral para com Deus TM 160 2 Todo o crente está sob a obrigação para com Deus de ter mente espiritual, conservando-se no conduto de luz para poder deixar sua luz brilhar para o mundo. Quando todos os que se empenham na sagrada obra do ministério crescerem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador, odiarão o pecado e todo o egoísmo. Constantemente se processa uma renovação moral; ao continuarem a contemplar a Jesus, conformam-se eles com Sua imagem, e nEle são achados completos, não tendo a sua própria justiça, mas a que há em Cristo Jesus nosso Senhor. TM 160 3 A grande vantagem dos institutos ministeriais nem metade é apreciada. São ricos de oportunidades, mas não realizam nem metade do que deviam, porque os que os freqüentam não praticam a verdade que lhes é apresentada em linhas claras. Muitos dos que estão explicando as Escrituras a outros não renderam conscienciosa e inteiramente a mente, o coração e a vida ao domínio do Espírito Santo. Amam o pecado e a ele se apegam. Tem-me sido mostrado que as práticas impuras, o orgulho, o egoísmo, a glorificação própria têm fechado a porta do coração até mesmo dos que ensinam a verdade a outros, de modo que o desagrado de Deus sobre eles recai. Não se pode algum poder renovador apossar deles? Têm eles caído como presas de uma doença moral que é incurável porque eles mesmos recusam ser curados? Oh, se todos os que trabalham em palavra e na doutrina atendessem as palavras de Paulo: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." TM 161 1 Como meu coração se regozija pelos que andam em humildade de Espírito, que amam e temem a Deus! Estes possuem um poder muito mais valioso do que o saber ou a eloquência. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria"; e Seu amor e temor são como um fio de ouro que une o agente humano ao divino. Assim são simplificados todos os movimentos da vida. Quando os filhos de Deus estão lutando com a tentação, batalhando contra as paixões do coração natural, a fé liga a alma com o Único que lhe pode dar auxílio, e eles saem vencedores. TM 161 2 Oxalá trabalhe o Senhor no coração dos que têm recebido grande luz para que se apartem de toda a iniqüidade. Contemplai a cruz do Calvário. Ali está Jesus, que deu a vida, não para que os homens continuassem no pecado, não para que tivessem licença para quebrar a lei de Deus, mas a fim de que, pelo Seu infinito sacrifício, possam ser salvos de todo o pecado. Disse Cristo: "Santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados", pela perfeição de Seu exemplo. Serão aqueles que pregam a verdade a outros, santificados eles mesmos pela verdade? Amarão ao Senhor de coração, espírito e alma, e ao seu próximo como a si mesmos? Atingirão norma mais elevada do caráter cristão? São seus gostos elevados, controlados os seus apetites? Nutrem apenas sentimentos nobres, simpatia forte e profunda, e propósitos puros para poderem verdadeiramente ser colaboradores de Deus? Devemos ter o Espírito Santo a nos suster no conflito; pois "não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais". A necessidade de poder e sabedoria divinos TM 162 0 Melbourne, Austrália, 3 de Julho de 1892. TM 162 1 Tem-me sido perguntado por que é que há tão pouco poder nas igrejas, por que é que há tão pouca eficiência entre nossos professores. A resposta é, que é devido a ser o pecado conhecido, acariciado de várias maneiras entre os professos seguidores de Cristo, e a se tornar a consciência endurecida por longa violação. A resposta é que os homens não andam com Deus, mas interrompem a companhia com Jesus, e, como resultado, vemos manifestos na igreja o egoísmo, a cobiça, o orgulho, a luta, a contenda, a dureza de coração, a licenciosidade e práticas más. Mesmo entre os que pregam a Sagrada Palavra de Deus encontra-se este mau estado de coisas; e a menos que haja completa reforma entre os irreligiosos e não santificados melhor será que tais homens deixem o ministério e escolham alguma outra ocupação onde seus pensamentos não regenerados não tragam desastre sobre o povo de Deus. Esperando e vigiando TM 163 1 O apóstolo exorta os irmãos dizendo: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes... no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes." Oh, que dia está diante de nós! Que joeiramento haverá entre os que se dizem filhos de Deus! O injusto encontrar-se-á entre o justo. Os que têm grande luz e nela não têm andado, terão trevas correspondentes à luz que desprezaram. Necessitamos atender a lição contida nas palavras de Paulo: "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." O inimigo está trabalhando diligentemente para ver quem poderá acrescentar às fileiras da apostasia; mas o Senhor logo virá, e muito breve cada caso será decidido para a eternidade. Aqueles cujas obras correspondem à luz que graciosamente lhes foi dada, serão contados do lado do Senhor. TM 163 2 Estamos aguardando e vigiando a grande e terrível cena que encerrará a história da Terra. Mas não devemos simplesmente esperar; devemos estar vigilantemente trabalhando com relação a este solene acontecimento. A igreja viva de Deus estará aguardando, vigiando e trabalhando. Ninguém deve ficar numa posição neutra. Todos devem representar a Cristo num esforço ativo e sincero para salvar as almas que perecem. Cruzará a igreja os braços agora? Dormiremos como representa a parábola das virgens loucas? Deve-se tomar agora toda a precaução, pois trabalho feito a esmo, resultará em declínio espiritual, e aquele dia nos sobrevirá como um ladrão. A mente precisa ser fortalecida, olhar fundo e discernir as razões de nossa fé. O templo da alma deve ser purificado pela verdade, pois somente o puro de coração será capaz de enfrentar os ardis de Satanás. Nossa relação para com o mundo TM 164 1 Não devemos imitar as práticas do mundo, e no entanto não nos devemos manter afastados do mundo, pois nossa luz deve brilhar em meio às trevas morais que cobrem a Terra. Há triste falta, na igreja, do amor cristão de uns para com os outros. Este amor é facilmente extinguido; e no entanto sem ele, não podemos ter a comunhão cristã, nem amor para com aqueles por quem Cristo morreu. TM 164 2 Nossos irmãos devem atender a injunção: "E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos." Teremos de encontrar elementos tortos no mundo e na igreja. Virão homens pretendendo ter grande luz; mas os que têm experiência da causa de Deus verão que o que eles apresentam como luz são grandes trevas. Homens desta classe terão de ser tratados de acordo com as especificações da Palavra de Deus. Os que estão em erro podem ficar excitados ao advogar seus pontos de vista; mas os que andam na luz podem permitir-se ser calmos, gentis para com os que erram, aptos "para ensinar", tornando manifesto o fato de que pediram e receberam sabedoria de Deus. Não terão ocasião para se mover agitadamente, mas ocasião para se mover com sabedoria e paciência, "instruindo com mansidão os que resistem". TM 165 1 É chegado o tempo em que os que estão arraigados e fundados na verdade podem manifestar sua firmeza e decisão, podem tornar conhecido o fato de que não são movidos por sofismas, máximas ou fábulas de ignorantes e vacilantes. Sem fundamento farão os homens declarações com toda positividade da verdade; mas não adianta argumentar com eles sobre suas asserções espúrias. A melhor maneira de lidar com o erro é apresentar a verdade, e deixar que as idéias estranhas se extingam por falta de atenção. Contrastado com a verdade, torna-se aparente a todo o espírito inteligente a fraqueza do erro. Quanto mais forem repetidas as asserções errôneas dos opositores, e dos que se levantam entre nós para enganar as almas, melhor será servida a causa do erro. Quanto mais publicidade se dá às sugestões de Satanás, melhor é satisfeita sua majestade satânica; pois os corações não santificados serão preparados para receber a palha que este para eles prepara. Teremos de enfrentar dificuldades dessa ordem mesmo na igreja. Os homens farão um mundo de um átomo e um átomo de um mundo. Usando os talentos dados por Deus TM 165 2 Não poderemos nós fazer mais pelas igrejas, para que possam ser despertadas de molde a agir segundo a luz que já foi dada? A cada homem Deus designou a sua obra. Tanto o mais humilde como o mais poderoso têm sido dotados de influência que deve ser exercida em favor do Senhor, e devem dedicar seus talentos a Ele, operando cada qual no posto do dever que lhe foi designado. O Senhor espera que cada um faça o melhor. Quando a luz brilha no coração, Ele espera que o nosso trabalho corresponda à nossa luz, para estar de acordo com a medida da plenitude de Cristo que temos recebido. Quanto mais usarmos nosso conhecimento e exercitarmos nossas faculdades, tanto mais conhecimento teremos, tanto mais forças adquiriremos para fazer mais e melhor trabalho. TM 166 1 Nossos talentos não nos pertencem, são a propriedade do Senhor, com a qual temos de negociar. Somos responsáveis pelo uso ou pelo abuso dos bens do Senhor. Deus espera que os homens invistam os talentos que lhes foram confiados para que quando o Mestre vier possa receber o Seu com os juros. Com Seu próprio sangue Cristo nos comprou como Seus servos. Servi-Lo-emos? Estudaremos agora para nos apresentarmos a Deus aprovados? Demonstraremos pelas nossas ações que somos mordomos da Sua graça? Todo o esforço envidado em prol do Mestre, movido por um coração puro e sincero, será uma fragrante oferta a Ele. TM 166 2 Andamos à vista de inteligências invisíveis. Uma testemunha está constantemente ao nosso lado para ver como negociamos com os bens confiados pelo Senhor. Quando o bom despenseiro dos bens devolve os talentos com o lucro, nada reclama. Reconhecerá que são os talentos que Deus lhe entregou, e dará glória ao Senhor. Sabe que não haveria ganho sem o depósito, nenhum juro sem o capital. Dirá: "Senhor, entregaste-me cinco talentos, eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles." Considere agora a igreja se está fazendo render juros o capital que o Senhor deu. Sem a graça de Cristo, toda a alma estaria em bancarrota por toda eternidade; portanto, não podemos com razão exigir nada. Mas ao mesmo tempo que nada podemos reclamar, assim mesmo quando somos mordomos fiéis, o Senhor nos recompensa como se o mérito fosse todo nosso. Ele diz: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor." TM 167 1 Quantos prantearão as oportunidades perdidas quando já for eternamente tarde demais. Hoje temos talento e oportunidade, mas não sabemos por quanto tempo serão nossos. Trabalhemos então enquanto é dia; pois a noite vem, em que ninguém pode trabalhar. "Bem-aventurado aquele servo a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim." Volta ao primeiro amor TM 167 2 Melbourne, Austrália, 15 de Julho de 1892. TM 167 3 A razão de tantos não alcançarem êxito é confiarem demais em si mesmos e não sentirem a positiva necessidade de estar em Cristo, ao saírem para buscar e salvar o perdido. Enquanto não tiverem o Espírito de Cristo e ensinarem a verdade como esta é em Jesus, não realizarão muito. Ando com tremor diante de Deus. Não sei como falar ou traçar com a pena o grande assunto do sacrifício expiatório. Não sei como apresentar os assuntos na força viva em que estão diante de mim. Tremo de medo de que venha a amesquinhar o grande plano da salvação por palavras vulgares. Inclino minha alma em respeitoso temor e reverência diante de Deus, e digo: Quem é suficiente para estas coisas? Como posso falar, como posso escrever aos meus irmãos, de modo que possam apanhar os raios de luz que irradiam do Céu? Que direi? "Arrepende-te e pratica as primeiras obras" TM 167 4 Tão frígida é a atmosfera da igreja, de tal espécie é seu espírito, que homens e mulheres não podem manter ou suportar o exemplo de piedade primitiva e oriunda do Céu. O calor de seu primeiro amor está gelado, e a menos que sejam regados pelo batismo do Espírito Santo, seu castiçal será removido de seu lugar, a não ser que se arrependam e pratiquem as primeiras obras. As primeiras obras da igreja foram vistas quando os crentes procuraram os amigos, parentes e conhecidos e com coração transbordando de amor contaram a história do que Jesus era para eles, e do que eles eram para Jesus. Oh, se o Senhor despertasse os que estão em posições de responsabilidade, para que não empreendessem o trabalho confiando em sua própria capacidade! A obra que sai de suas mãos não terá o molde e a inscrição de Cristo. O poder pervertedor do egoísmo TM 168 1 O egoísmo mancha tudo que os obreiros não consagrados fazem. Têm eles necessidade de orar sempre, mas não o fazem. Precisam vigiar em oração. Têm necessidade de sentir a santidade da obra; mas não sentem. Lidam com as coisas sagradas como com as coisas comuns. As coisas espirituais se discernem espiritualmente, e enquanto não beberem da água da vida, e Cristo não for neles como que uma fonte de água, saltando para a vida eterna, a ninguém refrigerarão, a ninguém abençoarão; e a não ser que se arrependam, seu castiçal será removido de seu lugar. Há necessidade de constante paciência, de invencível caridade, de fé onipotente na obra de salvar almas. O eu não deve ter a preeminência. Deve-se exercer a sabedoria de Cristo ao lidar com mentes humanas. TM 168 2 Todo o obreiro que lida com almas e tem êxito, deve entrar no trabalho despojado do eu. Não deve haver repreensões ou zanga, nenhuma autoridade arbitrária deve ser exercida, não deve haver o apontar do dedo e o falar vaidade; mas ir para o trabalho com o coração aquecido com amor a Jesus e às preciosas almas por quem Ele morreu. Os que são demasiadamente confiantes em si mesmos, não podem ocultar a sua fraqueza. Irão à prova com presunçosa confiança em si mesmos e tornarão manifesto o fato de que Jesus neles não está. Não são poucas essas almas demasiadamente confiantes em si mesmas, e elas têm lições a aprender na dura experiência da prova e da derrota. Poucos têm a graça de aceitar tal experiência, e muitos apostatam sob a prova. Culpam as circunstâncias por sua derrota, e acham que seu talento não é apreciado pelos outros. Se se humilhassem sob a mão de Deus, Ele lhes ensinaria. Pontos essenciais no serviço TM 169 1 Os que não aprendem cada dia na escola de Cristo, que não passam muito tempo em fervorosa oração, não estão habilitados para lidar com a obra de Deus em qualquer de seus ramos; pois se o fizerem a depravação humana certamente os vencerá, e eles levarão sua alma à vaidade. Os que se tornam coobreiros de Jesus Cristo e que têm a espiritualidade para discernir as coisas espirituais, sentirão sua necessidade de virtude e de sabedoria do Céu, ao lidar em Sua obra. Há alguns que não ardem nem resplandecem, no entanto estão contentes. Estão numa condição miseravelmente fria e indiferente, e grande número dos que conhecem a verdade manifestamente negligenciam o dever de que o Senhor os considerará responsáveis. TM 169 2 Deus nos deu a Jesus, e nEle está a revelação de Deus. Nosso Redentor diz: "Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada." "Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai." Se conhecemos a Deus, e a Jesus Cristo a quem Ele enviou, indescritível alegria nos virá à alma. Oh, como necessitamos da presença divina! Para o batismo do Espírito Santo cada obreiro deve estar murmurando sua oração a Deus. Grupos devem reunir-se para pedir a Deus auxílio especial, sabedoria celestial, para que o povo de Deus saiba como planejar, orientar e executar a obra. TM 170 1 Especialmente devem os homens orar para que o Senhor escolha Seus instrumentos, e batize Seus missionários com o Espírito Santo. Durante dez dias oraram os discípulos antes de vir a bênção pentecostal. Foi necessário todo este tempo para levá-los à compreensão do que significava oferecer oração eficaz, aproximando-se cada vez mais de Deus, confessando os pecados, humilhando o coração diante de Deus, e pela fé contemplando a Jesus e se transformando à Sua imagem. Ao vir a bênção, encheu todo o lugar onde estavam reunidos e, dotados de poder saíram para fazer trabalho eficiente pelo Mestre. Escolhendo homens para o ministério TM 170 2 Verdadeiramente se considera questão muito leviana a escolha de homens que devam fazer a obra sagrada confiada às nossas mãos. Em conseqüência desta falta de cuidado, homens inconversos estão trabalhando em campos missionários, homens cheios de apaixonadas concupiscências, ingratos, não santificados. Embora alguns deles tenham sido freqüentemente reprovados, não têm mudado sua atitude, e suas práticas concupiscentes trazem vitupério sobre a causa de Deus. Qual será o fruto de tal trabalho? Por que não se lembram todos os nossos obreiros de que cada palavra, seja boa ou má, será enfrentada novamente no Juízo? Toda a inspiração do Espírito Santo que leva os homens à bondade e a Deus é registrada nos livros do Céu, e o obreiro por meio do qual o Senhor trouxe luz será louvado no dia de Deus. Se os obreiros reconhecessem a responsabilidade eterna que sobre eles repousa, entrariam esses na obra sem um profundo censo de sua santidade? Não devemos nós esperar ver a profunda operação do Espírito Santo sobre os homens que se apresentam para entrar no ministério? TM 171 1 O apóstolo diz: "Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências." Atenda cada alma a essas palavras e saiba que o Senhor Jesus não aceitará compromisso. Ao aceitar e conservar obreiros que persistem em manter suas imperfeições de caráter, e não dão prova cabal de seu ministério, tem sido a norma grandemente abaixada. Muitos há em posição de responsabilidade que não dão ouvidos à recomendação do apóstolo, e cuidam de seguir a concupiscência da carne. A menos que o obreiro se revista do Senhor Jesus Cristo e nEle encontre sabedoria, santificação e redenção, como poderá ele representar a religião de Jesus? Toda a sua eficiência, toda a sua recompensa, encontra-se em Cristo. Deve haver evidência da parte dos que assumem a solene posição de pastores, de que, sem reservas, se têm dedicado à obra. Devem tomar a Cristo como seu Salvador pessoal. Por que é que os que por tanto tempo têm estado empenhados no ministério não crescem na graça e no conhecimento do Senhor Jesus? Foi-me mostrado que eles satisfazem as suas inclinações egoístas, e só fazem as coisas que estão de acordo com seus gostos e idéias. Cuidam da condescendência no orgulho e na sensualidade, e executam suas ambições e planos egoístas. Estão cheios de amor-próprio. Mas ainda que suas más inclinações lhes possam parecer tão preciosas como a mão direita ou o olho direito, devem elas ser separadas do obreiro, ou este não poderá ser aceito diante de Deus. Homens são ordenados para o ministério pela imposição das mãos, antes de serem perfeitamente examinados quanto às suas qualificações para o trabalho sagrado; mas quão melhor seria fazer trabalho completo antes de serem aceitos como ministros, do que passar por esse rígido exame depois de estabelecidos em sua posição, e terem dado o seu molde à obra! Uma vida consagrada TM 172 1 A seguinte citação revela o que fará a verdadeira consagração, e isso é que devemos exigir de nossos obreiros: TM 172 2 "Harlan Page consagrou-se a Deus com a determinação de viver e trabalhar para promover a glória do Senhor, na salvação dos que perecem. 'Quando, a princípio, obtive esperança', disse ele no leito de morte, 'senti que devia trabalhar pelas almas. Orei ano após ano para que Deus me tornasse um meio de salvar alguns.' Sua orações foram assinaladamente respondidas. Nunca perdeu Page uma oportunidade para levar a luz às almas. Por meio de cartas, na conversa, por meio de folhetos, nas orações, por apelos e advertências, bem como por um exemplo santo e fervoroso, procurou recuperar o errante, ou edificar o crente. Nas fábricas, nas escolas e em toda a parte esse mecânico trabalhou, e somente o potente poder da graça poderá explicar como alguém tão humilde poderia alcançar tanto. Sua vida é um comentário vivo das palavras: 'Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo e as desprezíveis e as que não são, para aniquilar as que são.' 'Nossa fé nas realidades eternas é fraca', exclamou ele, 'e nosso senso do dever esmaece, enquanto negligenciamos a salvação de nossos semelhantes. Despertemos quanto aos nossos deveres, e enquanto temos língua ou pena, devotemo-las ao serviço do Altíssimo, não na nossa própria força, mas com forte fé e firme confiança.'" TM 173 1 Temos crescente luz. Temos uma mensagem solene e de peso para dar ao mundo, e Deus deseja que Seus escolhidos discípulos tenham uma experiência profunda e sejam dotados do poder do Espírito Santo. "O Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração." Foi essa uma lição que Davi nunca esqueceu, e em seu testemunho no leito de morte, disse a Salomão: "Tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai, e serve-O com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos. Se O buscares, será achado de ti; porém, se O deixares, rejeitar-te-á para sempre." TM 173 2 Vivemos em importante período da história da Terra; e com a luz da Verdade brilhando sobre nós, não podemos agora ser escusados nem por um momento sequer por seguir uma norma baixa. Como coobreiros de Cristo, somos privilegiados por partilhar com Cristo dos Seus sofrimentos. Devemos contemplar a Sua vida, estudar-Lhe o caráter, e imitar o modelo. O que Cristo foi em Sua perfeita humanidade, devemos nós ser; pois devemos formar caráter para a eternidade. O poder do Espírito Santo espera nosso pedido e recepção TM 174 0 Melbourne, Austrália, 28 de Dezembro de 1891. TM 174 1 Justamente antes de deixar os discípulos e ir para as cortes celestiais, Jesus os animou com a promessa do Espírito Santo. Essa promessa tanto pertence a nós como pertenceu a eles; no entanto, quão raramente é apresentada ao povo, e pregada sobre Sua recepção na igreja. Em conseqüência desse silêncio sobre este tema da maior importância, sobre que promessa nós menos sabemos através de seu cumprimento prático do que essa rica promessa do dom do Espírito Santo, pelo qual deve ser concedida eficiência a todo o nosso trabalho espiritual? A promessa do Espírito Santo é ocasionalmente apresentada em nossas palestras, incidentalmente nelas se toca e isso é tudo. Temos demorado sobre as profecias, doutrinas têm sido expostas; mas o que é essencial à igreja a fim de que possa crescer em força e eficiência espirituais, para que a pregação possa levar consigo convicção, e almas serem convertidas a Deus, tem sido grandemente deixado fora do esforço ministerial. Esse assunto tem sido posto de lado como se algum tempo no futuro fosse dedicado à sua consideração. Outras bênçãos e privilégios têm sido apresentados ao povo até se despertar na igreja o desejo de alcançar a prometida bênção de Deus; mas a impressão quanto ao Espírito Santo tem sido a de que esse dom não é para a igreja agora, mas a de que algum tempo no futuro será necessário à igreja recebê-lo. Todas as demais bênçãos TM 174 2 Essa bênção prometida, se reclamada pela fé, traria todas as outras bênçãos em sua esteira, e deve ser dada liberalmente ao povo de Deus. Pelas astutas ciladas do inimigo parece a mente do povo de Deus ser incapaz de compreender e apropriar-se das promessas de Deus. Parecem pensar que apenas escassos chuviscos da graça devem cair sobre a alma sedenta. Tem-se o povo de Deus acostumado a pensar que devem confiar em seus próprios esforços, que pouco auxílio deve ser recebido do Céu; e o resultado é que pouca luz têm eles a comunicar a outras almas que estão perecendo no erro e nas trevas. A igreja por muito tempo se tem contentado com um pouco das bênçãos de Deus. Não tem sentido a necessidade de alcançar os exaltados privilégios para eles comprados a um custo infinito. Sua força espiritual tem sido fraca, sua experiência de caráter definhado e defeituoso, e estão desqualificados para a obra que o Senhor gostaria que fizessem. Não estão habilitados a apresentar as grandes e gloriosas verdades da santa Palavra de Deus, que convenceriam e converteriam almas por intermédio do Espírito Santo. O poder de Deus espera seu pedido e recepção. Uma colheita de alegrias será feita pelos que semeiam a santa semente da verdade. "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos." TM 175 1 Pela atitude da igreja tem o mundo recebido a idéia de que o povo de Deus é realmente um povo sem alegria, de que o serviço de Cristo não é atrativo, e de que a bênção de Deus é concedida aos que a recebem, a pesado custo. Demorando-se sobre as provas, e ampliando as dificuldades, representamos mal a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou; pois o caminho do Céu é tornado sem atrativos pela escuridão que se acumula ao redor da alma dos crentes, e muitos se afastam, desapontados, do serviço de Cristo. Mas serão crentes os que assim apresentam a Cristo? -- Não, pois os crentes confiam na promessa divina, e o Espírito Santo tanto é confortador como reprovador. TM 176 1 O cristão deve edificar todo o fundamento, se quiser construir um caráter forte e simétrico, se quiser ser bem equilibrado em sua experiência religiosa. É dessa maneira que o homem será preparado para atender aos reclamos da verdade e da justiça, como são apresentados na Bíblia; pois ele será sustentado e fortalecido pelo Espírito Santo de Deus. Aquele que é cristão verdadeiro combina grande ternura de sentimentos com grande firmeza de propósito, com inamovível fidelidade a Deus; em caso algum se tornará traidor de sagrados depósitos. Quem é dotado do Espírito Santo tem grande capacidade do coração e do intelecto, tendo uma força de vontade e propósito invencíveis. TM 176 2 Meus irmãos, nosso Salvador exige de vós que cuideis de como dais testemunho dEle. Precisais penetrar cada vez mais fundo no estudo da Palavra. Tendes de vos defrontar com toda classe de espíritos, e ao ensinardes as verdades da Palavra sagrada deveis manifestar sinceridade, respeito e reverência; extirpai os contos de vossos sermões e pregai a Palavra. Então tereis mais molhos para levar ao Mestre. Lembrai-vos de que em vosso auditório, há os que constantemente são acossados pela tentação. Alguns estão lutando com a dúvida, quase desesperados. Quase sem esperança. Pedi a Deus que vos ajude a falar palavras que os fortaleçam para o conflito. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1804. ------------------------Capítulo 7 -- Economia A ser praticada em todas as coisas TM 177 0 Melbourne, Austrália, 3 de Agosto de 1892. TM 177 1 Meus Prezados Irmãos e Irmãs: Minha mente tem trabalhado muito durante várias noites, dormindo e acordada, com relação à obra a ser feita neste país. Neste grande campo missionário há muitíssimo a fazer no avanço da causa e da obra do Mestre, e com a grande falta de meios e obreiros, não sabemos agora como poderá ser feita. Devemos humilhar nosso coração diante de Deus, e fazer sincera e fervorosa oração para que o Senhor, que é rico em recursos, abra o nosso caminho. "Minha é a prata, e Meu é o ouro", diz o Senhor, "e as alimárias sobre milhares de montanhas." TM 177 2 A vida de Cristo, o Senhor da glória, é o nosso exemplo. Veio Ele do Céu, onde tudo era riqueza e esplendor; mas renunciou Sua coroa real, Suas vestes reais, e revestiu Sua divindade com a humanidade. Por quê? -- para poder encontrar os homens onde estavam. Não Se colocou nas fileiras dos abastados, dos lordes da Terra. A missão de Cristo era alcançar os mais pobres da Terra. Ele mesmo trabalhou desde os primeiros anos como filho de um carpinteiro. Abnegação, soube Ele o que ela significava? As riquezas e glória dos Céus eram dEle mesmo, mas por amor de nós, Ele Se tornou pobre, para que pela Sua pobreza enriquecêssemos. O próprio fundamento de Sua missão era a abnegação, o sacrifício próprio. O mundo era Seu, Ele o fez; no entanto, num mundo que Ele mesmo criara, não tinha o Filho do homem onde reclinar a cabeça. Ele disse: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." Estudai o modelo TM 178 1 Ora, no estabelecimento e na ampliação da obra neste país, há necessidade de meios, para podermos fazer uma grande obra em pouco tempo. E a única maneira de a podermos fazer é, em cada movimento conservar os olhos simplesmente na glória de Deus; para que de nós não se possa dizer: "Começou a edificar e não pôde acabar." Ao liderar visando fazer uma obra mais ampla, necessitamos, no próprio começo, expulsar completamente o orgulho e a ambição mundana de nosso coração. Tendo diante de nós o exemplo de Cristo, o maior Mestre que o mundo já conheceu, não precisamos cometer erros. "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Devemos estudar o Modelo e indagar a cada passo: "É este o caminho do Senhor?" Certamente cometeremos graves erros se não conservarmos a abnegação e o sacrifício próprio em proeminência diante do povo em cada movimento. TM 178 2 A obra neste campo missionário está na infância. Os crentes apenas fizeram um começo na vida cristã, e a razão de termos sentido tão grande responsabilidade por este povo é que daqui para diante poderão aprender maiores coisas. Ainda não aparece o que eles serão mediante uma crença prática na verdade, e à santificação de todo o ser por essa mesma verdade. As palavras e o exemplo de nosso Redentor em Sua vida de humildade e abnegação serão a luz e a força de Seu povo, se este seguir completamente a Jesus, nEle confiando a cada passo. Seja a linguagem de nosso coração: "Sê Tu o meu Modelo." "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá." Nada é tão desejável como viver como Cristo viveu, negar o eu como Cristo negou a Si mesmo, e com Ele trabalhar, procurando salvar o perdido. Evitai a extravagância TM 179 1 No assunto de mobília não compreis um artigo meramente para fazer exibição. Obtende coisas que sejam úteis e que suportem o manuseio. Educai o povo a praticar a abnegação. Considere-se que cada dólar pode representar uma alma, pois alguém poderia ter sido trazido ao conhecimento da verdade pelo uso desse dólar no trabalho missionário. Podemos ter gosto muito apurado, e apreciar o que é belo e artístico, mas não tinha Cristo o mais fino, puro e santo gosto? Seu lar era o Céu, no entanto Ele negou a Si mesmo; toda a Sua vida foi assinalada pela humilhação, desde a manjedoura ao Calvário. No começo da obra, não devemos reproduzir as próprias coisas que o Senhor tem condenado na América, o dispêndio desnecessário e extravagante de dinheiro para satisfazer o orgulho e o amor da ostentação. Qualquer coisa dessa ordem, seja escrupulosamente evitada. Manter a simplicidade TM 179 2 Ao comer, vestir, e ao mobiliar nossos prédios escolares, precisamos preservar a simplicidade da verdadeira piedade. Muitos negarão a si mesmos e farão grande sacrifício visando contribuir para tornar a obra missionária um êxito, e caso vissem esses meios serem gastos nas mais finas roupas e na mobília mais dispendiosa, ou nos mais dispendiosos artigos de mesa, isso exerceria uma lamentável influência sobre esses irmãos e irmãs. Nada poderia militar mais decididamente contra a nossa utilidade presente e futura neste país. A primeira de todas as lições a ensinar aos alunos é a abnegação. Que seus olhos, seus sentidos, aprendam a lição; fazei com que todo o equipamento da escola traga uma instrução prática sobre este assunto, de que o trabalho pode ser levado avante apenas pelo sacrifício constante. TM 180 1 Em cada movimento sigamos de perto o exemplo de nosso Salvador. Impressiono-me profundamente com estas coisas. Devemos considerar em que diretrizes trabalhar a fim de conseguir êxito; devemos ir para o trabalho com o coração imbuído do Espírito de Cristo. Então reconheceremos que nosso trabalho deve ser levado avante de maneira humilde. Nossos ministros e suas esposas devem ser o exemplo de simplicidade no vestuário; devem vestir-se com correção, confortavelmente, usando bom material, mas evitando qualquer coisa que se assemelhe à extravagância e adornos, mesmo que não sejam dispendiosos; pois essas coisas testificam contra nós. Devemos educar os jovens na simplicidade do vestuário, na singeleza e no asseio. Sejam os adornos extras deixados fora mesmo que o custo seja apenas uma ninharia. A aliança TM 180 2 Alguns se têm preocupado com o uso da aliança, achando que as esposas de nossos ministros se devem conformar com este costume. Tudo isto é desnecessário. Possuam as esposas de ministros o áureo elo que as ligue a Jesus Cristo -- um caráter puro e santo, o verdadeiro amor e mansidão e piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e certa será, em toda parte sua influência. O fato de o descaso desse costume ocasionar comentários, não é boa razão para adotá-lo. Os americanos podem fazer compreender sua atitude com o declarar positivamente que esse uso não é obrigatório em nosso país. Nós não precisamos usar este anel, pois não somos infiéis a nosso voto matrimonial, e o trazer a aliança não seria prova de sermos fiéis. Sinto profundamente esse processo de fermentação que parece estar em andamento entre nós, na conformidade com o costume e a moda. Nenhum centavo deve ser gasto com esse aro de ouro para testificar que somos casados. Nos países em que o costume for imperioso não temos o encargo de condenar os que usarem sua aliança; que o façam, caso possam fazê-lo em boa consciência; não achem, porém, nossos missionários, que o uso da aliança lhes aumentará um jota ou um til a influência. Se eles são cristãos, isto se manifestará no cristianismo de seu caráter, suas palavras, suas obras, no lar e no convívio com os outros; isto se demonstrará por sua paciência, longanimidade e bondade. Eles manifestarão o espírito do Mestre, possuirão Sua beleza de caráter, a amabilidade de Sua disposição, Seu coração compassivo. Melhora do trabalho TM 181 0 23 de Abril de 1894. TM 181 1 Deus apela para que haja decidida melhora nos vários ramos da obra. Os negócios feitos com relação à causa de Deus devem ser assinalados pela maior precisão e exatidão. Não tem havido esforços acurados, decididos e firmes para produzir a necessária reforma. Alguns dos que estão ligados à causa estão se aproximando do fim de sua vida, e no entanto ainda não aprenderam as lições da Bíblia de tal modo que sentissem a necessidade de as aplicarem em sua vida prática. Têm perdido oportunidades, e graciosas bênçãos não têm sido apreciadas porque não desejam fazer mudança. TM 182 1 Meu Guia disse: "Elevai a norma em toda a educação escolar. Não deveis estabelecer uma norma baixa. A disciplina deve ser mantida. Ensinai os jovens por preceito e exemplo." Não tem havido demasiada severidade, mas tem sido tolerada demasiada frouxidão. Mas os obreiros não devem desesperar. Trabalhai com o espírito de Cristo, com o pensamento de Cristo, para corrigir os males existentes. Esperai que os que praticam o mal tenham a simpatia dos que praticam o mal, mas os pastores fiéis do rebanho têm lições a aprender a fim de conservarem uma norma elevada e todavia ensinar que a estrela da esperança ainda brilha. Trabalhai pacientemente, mas censurai com firmeza o pecado e não o sancioneis. O refúgio de mentiras para cobertura do pecado deve ser desviado, a fim de que as pobres almas iludidas não venham a adormecer para sua eterna ruína. TM 182 2 Logo o mundo será abandonado pelo anjo da misericórdia, e as sete últimas pragas estão para ser derramadas. O pecado, a vergonha, a tristeza e as trevas jazem a cada lado; mas Deus ainda estende às almas dos homens o precioso privilégio de trocar as trevas pela luz, o erro pela verdade, o pecado pela justiça. Mas a paciência e misericórdia de Deus nem sempre esperarão. Não pense nenhuma alma que se pode ocultar da ira de Deus atrás de uma mentira; pois Ele arrancará da alma o refúgio de mentiras. Os raios da ira de Deus estão prestes a cair, e quando Ele começar a punir os transgressores, não haverá um período de pausa até o fim. A tempestade da ira de Deus está se acumulando, e só permanecerão os que são santificados pela verdade no amor de Deus. Serão escondidos com Cristo em Deus até que passe a desolação. Virá Ele para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade e "a Terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos". Seja a linguagem da alma: TM 183 1 Só em Ti eu tenho abrigo, Aos Teus pés jaz o meu ser; Não me deixes, sê comigo, Teu conforto eu quero ter. TM 183 2 Guarda-me, ó bom Salvador, Té o temporal passar, Guia-me em Teu terno amor, Para o eterno e doce lar. A ociosidade TM 183 3 30 de Abril de 1894. TM 183 4 "Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Só há um remédio para a indolência, que é lançar fora a preguiça como um pecado que leva à perdição, e ir trabalhar usando a capacidade física que Deus vos deu para este fim. A única cura para a vida inútil e ineficiente, é o esforço, esforço determinado e perseverante. A única cura para o egoísmo é negar o eu, e trabalhar fervorosamente para serdes a bênção que podeis ser para os vossos semelhantes. "Quem observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará." TM 183 5 Como agentes humanos de Deus, devemos fazer a obra que Ele nos tem dado. A todo o homem deu Ele a sua obra, e não nos vamos dar a conjeturas quanto a demonstrarem-se ou não um sucesso os nossos fervorosos esforços. Tudo aquilo de que nós como indivíduos somos responsáveis, é o incansável, consciencioso desempenho do dever que alguém deve cumprir; e se deixarmos de fazer o que está colocado em nosso caminho, não poderemos ser desculpados por Deus. Mas, tendo feito o melhor que pudermos, então devemos deixar todo o resultado com Deus. Mas de nós se exige que exerçamos mais as faculdades mentais e morais. É vosso dever, e tem sido vosso dever durante cada dia de vida que Deus graciosamente vos tem concedido, puxar os remos do dever, pois sois o agente responsável de Deus. TM 184 1 A ordem que vos é dada é: "Vai trabalhar hoje na Minha vinha." Todos nós somos obreiros de Deus, e nenhum de nós deve ser ocioso; mas quero perguntar: Que estais fazendo pelo Mestre de modo a poderdes ouvir Suas palavras de aprovação: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei"? Deus nunca comete um erro; Ele nunca chama bons e fiéis, homens que não são bons e fiéis. O espírito de Jesus TM 184 2 3 de Agosto de 1894. TM 184 3 Cristo identifica o Seu interesse com o da humanidade. A obra que traz as credenciais divinas é a que manifesta o espírito de Jesus, que revela Seu amor, Seu cuidado, Sua ternura ao lidar com a mente dos homens. Que revelações viriam aos homens se a cortina fosse aberta, e pudésseis ver o resultado de vosso trabalho ao lidar com os que erram, e que necessitam do mais judicioso tratamento para não serem desviados do caminho! "Portanto tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado." TM 185 1 Sempre teremos de lidar com pessoas provadas e tentadas, e é necessário que sejamos diariamente convertidos a Deus, sendo vasos que podem ser usados para honra e glória do Seu nome. O verdadeiro valor da alma só pode ser estimado pela cruz do Calvário. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." Os que não são convertidos, que não estão santificados, manifestarão de que qualidade de espírito eles são. Revelarão pelo que gostam ou deixam de gostar que seus sentimentos naturais não estão sob o domínio de uma vontade santificada. A religião de Jesus Cristo é de molde a revolucionar inteiramente o homem. A verdade de Deus tem poder para transformar o caráter. TM 185 2 Devemos ter a fé que opera por amor e purifica a alma. A fé cujo resultado não é este, nenhum valor tem. O fruto do ramo revelará o caráter do tronco mestre. O que está plantado em Cristo será elevado. Em vez de agir asperamente, em vez de extirpar da fé e da esperança o que erra, pela vossa severidade e aspereza, o cristão genuíno ensinará ao ignorante, reformará o homem pecaminoso, confortará os que choram, reprimirá a opressão e a injustiça, e trabalhará seguindo um plano como o de Cristo, mesmo em todas as transações comerciais. Em vez de instigar à contenda, trará paz e harmonia. TM 185 3 Entre os que têm ocupado posições de confiança na obra de Deus, tem havido condescendência para com um espírito severo, injusto e crítico. A menos que os que transigem com este espírito se convertam, serão desobrigados da responsabilidade de ter uma parte nas comissões de conselho, mesmo nas transações comerciais. A menos que sejam convertidos, não deve sua voz ser ouvida no concílio, pois o resultado conjunto é mais prejudicial que benéfico. O mal prevalece. O homem se torna ofensor por uma palavra, e a suspeita, desconfiança, ciúme, más conjeturas, falar mal e a injustiça se reproduzem mesmo em conexão com a causa de Deus. Um zelo falso passa por dedicação à causa de Deus; mas as vestes rotas e imundas do eu devem ser destruídas e em seu lugar deve o homem aceitar a justiça de Cristo. A perseguição levada a efeito entre os membros da igreja é uma coisa muito terrível. Verdade é que alguns têm cometido erros e enganos, mas é igualmente verdade que esses erros e enganos não são tão graves à vista de Deus como o espírito severo e não perdoador dos que são críticos e censuradores. Muitos dos que se julgam livres para fazer juízo de outros, cometem erros que, embora não se tornem manifestos, estão manchados com mal implacável que lhes está corrompendo a vida espiritual. Amor e união TM 186 1 Deus gostaria de abrir os olhos de Seu povo professo a fim de que pudesse ver que deve amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo, se quiser ser salvo em Seu reino. Muitos estão demonstrando não serem dominados pelo Espírito de Cristo, mas por outro espírito. Os atributos que ostentam são tão diferentes dos atributos de Cristo como os característicos de Satanás. É alto tempo de os crentes ficarem ombro a ombro e se esforçarem juntamente pela vida eterna, em lugar de se manterem afastados e exprimindo por palavra e ação: "Sou mais santo que tu." Os que querem empregar suas forças para a salvação das almas que perecem, devem unir-se coração a coração e serem ligados pelos laços da simpatia e amor. Devem os irmãos manifestar o mesmo espírito que foi manifestado pelo nosso misericordioso e fiel Sumo Sacerdote, que foi tocado pelo sentimento de nossas fraquezas. Podemos inspirar nova vida aos desfalecentes e desesperançados. Podemos alcançar vitórias que nossa opinião mal-concebida e errônea, que nossos defeitos de caráter e nossa falta de fé têm considerado impossível. Fé! pouco sabemos o que isto significa. O Senhor logo virá TM 187 1 O fim de todas as coisas está às portas. O Senhor logo virá. Já os Seus juízos se espalham em nossa terra. Não somente devemos falar na vinda de Cristo, mas, em cada ação, devemos revelar o fato de que logo Se manifestará nas nuvens do Céu com poder e grande glória. Já vestimos as vestes de bodas? Temos nós piedade pessoal? Temos cooperado com os instrumentos divinos de maneira zelosa e sem reservas, entremeando na nossa vida prática os princípios divinos da santa lei de Deus? Uma coisa é falar na lei, e outra coisa inteiramente diferente é praticá-la. É o obrador da lei que será justificado diante de Deus; pois os que praticam a lei representam o caráter de Deus, e não mentem contra a verdade. TM 187 2 O Senhor vem. Oh, o tempo é curto, e quem, à vista da Bíblia, é colaborador de Deus? Não nos encheremos nós de temor e respeito para não estarmos ainda com nosso temperamento natural, para não estarmos inconversos, e profanos; procurando impingir uma experiência falsificada em lugar da verdadeira? Despertai, irmãos, despertai antes que para sempre seja demasiado tarde. TM 188 1 Muitos há que são colaboradores de Deus e que nós não distinguimos. Nunca foram as mãos dos ministros impostas sobre eles ordenando-os para a obra; não obstante, estão carregando o jugo de Cristo, e exercendo salvadora influência no trabalho em diferentes ramos, a fim de ganhar almas para Cristo. O êxito de nossa obra depende de nosso amor a Deus, e nosso amor aos nossos semelhantes. Quando houver ação harmoniosa entre os membros individuais da igreja, quando houver manifesto amor e confiança de um irmão para com outro, haverá proporcional força e poder em nossa obra, para a salvação dos homens. Oh, como necessitamos grandemente de uma renovação moral! Sem a fé que opera por amor, nada podeis fazer. Oxalá o Senhor vos dê um coração que receba este testemunho! TM 188 2 Lede e estudai o quarto capítulo de Zacarias. As duas oliveiras esvaziavam o óleo dourado de si mesmas através dos canudos de ouro para o vaso de ouro, do qual eram alimentadas as lâmpadas do santuário. O óleo dourado representa o Espírito Santo. Com esse óleo devem os ministros de Deus ser constantemente supridos, para que, por seu turno possam comunicá-lo à igreja. "Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos." Os servos de Deus só poderão obter vitórias pela pureza interior, pela limpeza do coração, pela santidade. É da maior importância que os ministros dêem um exemplo correto. Se eles seguirem princípios lassos, frouxos, seu exemplo será citado pelos que estão fazendo mal como uma defesa de seu procedimento. Toda a sinagoga de Satanás está procurando descobrir defeitos na vida dos representantes de Deus, e se aumenta ao máximo cada defeito. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1904. ------------------------Capítulo 8 -- Coobreiros de Deus Amor e confiança entre os irmãos TM 189 0 30 de Outubro de 1894. TM 189 1 Quando os homens mostrarem confiança em seus semelhantes, aproximar-se-ão muito mais da mente de Cristo... O Senhor tem revelado a estima em que tem o homem. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Mas alguns espíritos buscam continuamente reformar o caráter dos outros segundo suas próprias idéias e medidas. Deus não lhes confiou esta obra. TM 189 2 O eu sempre alimentará elevada estima do eu. Ao perderem os homens o seu primeiro amor, não guardam os mandamentos de Deus, e então começam a criticar um ao outro. Esse espírito constantemente estará lutando pelo domínio até o fim do tempo. Satanás o estará procurando incentivar, a fim de que irmãos, em sua ignorância, procurem devorar-se uns aos outros. Deus não é glorificado, antes desonrado grandemente; o Espírito de Deus é ofendido. Satanás exulta, porque sabe que se puder pôr irmão a vigiar irmão, na igreja e no ministério, muitos ficarão tão desanimados e desencorajados que deixarão seu posto de dever. Não é essa a obra do Espírito Santo; um poder de baixo está operando nas recâmaras do espírito e no templo da alma, para colocar seus atributos onde deveriam estar os atributos de Cristo. TM 189 3 Aquele que pagou infinito preço para remir o homem, lê com infalível exatidão todas as operações ocultas do espírito humano, e sabe justamente como lidar com cada alma. E ao lidar com os homens, manifesta os mesmos princípios que são manifestados no mundo natural. As benévolas operações da Natureza não se realizam por meio de interposições abruptas e estarrecedoras; não se permite aos homens tomar o trabalho dela em suas próprias mãos. Deus age pela operação calma e regular das leis que designou. Assim é com as coisas espirituais. Satanás constantemente procura produzir efeitos por meio de arremetidas rudes e violentas; mas Jesus achou acesso às mentes pelo caminho de suas associações mais familiares. Perturbou o menos possível o costumeiro modo de pensar, com ações abruptas ou regras estabelecidas. Honrou ao homem com Sua confiança, colocando-o assim na sua dignidade. Introduziu velhas verdades em nova e preciosa luz. Assim, quando apenas tinha doze anos de idade, surpreendeu os doutores da lei com Suas perguntas no templo. TM 190 1 Jesus assumiu a humanidade para poder atender a humanidade. Ele traz o homem sob o poder transformador da verdade, indo ter com ele onde está. Ganha o acesso ao coração, conseguindo a simpatia e a confiança, fazendo todos sentirem ser completa Sua identificação com a natureza e o interesse deles. A verdade saiu de Seus lábios bela na sua simplicidade, mas vestida com dignidade e poder. Que Mestre era nosso Senhor Jesus Cristo! Com que ternura tratava todo honesto inquiridor da verdade, para poder granjear-lhe a simpatia, e achar lugar no coração. TM 190 2 Devo dizer-vos, irmãos, que estais longe daquilo que Deus gostaria que fôsseis. Os atributos do inimigo de Deus e do homem, com demasiada freqüência acham expressão em vosso espírito e na atitude de uns para com os outros. Feris um ao outro porque não sois participantes da natureza divina. E trabalhais contra a vossa própria perfeição de caráter; trazeis dificuldades a vós mesmos, tornais vosso trabalho árduo e cansativo, porque considerais vosso próprio espírito e vossos defeitos de caráter como sendo virtudes preciosas a que vos deveis apegar e que devem ser nutridos. TM 191 1 Jesus mostra aos espíritos mais elevados, bem como aos mais humildes, o lírio, na frescura do orvalho da manhã, e nos ordena: "Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles." E Ele salienta a lição: "Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje é vista e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" Avançando com a verdade TM 191 2 O homem torna a obra de avanço da verdade dez vezes mais difícil do que realmente é, por procurar tirar a obra de Deus de Suas mãos para as suas próprias mãos finitas. Pensam deverem estar constantemente inventando algo que leve os homens a fazerem o que eles supõem que estas pessoas devem fazer. O tempo assim despendido torna a obra sempre mais complicada; pois o grande Obreiro chefe é posto fora de cogitação no cuidado de Sua própria herança. Dão-se os homens o trabalho de remendar o caráter defeituoso dos outros e só conseguem tornar os defeitos muito piores. Seria melhor que deixassem Deus fazer Seu próprio trabalho; pois Ele não os considera capazes de reformar o caráter. TM 191 3 O de que necessitam é estarem imbuídos do Espírito de Cristo. Se se apegarem à Sua força, com Ele farão paz; então estarão em bom caminho para fazerem paz com seus companheiros de trabalho. Quanto menos da mansidão e da humildade de Cristo tem o agente humano em seu espírito e caráter, tanto mais vê ele perfeição em seus próprios métodos, e imperfeição nos métodos dos outros. Nossa única segurança é vigiar em oração, e aconselhar-nos juntos, crendo que Deus guardará tanto a nossos irmãos como a nós mesmos, pois com Ele não há acepção de pessoas. Deus trabalhará por nós quando formos estudantes fiéis e obradores de Suas palavras. TM 192 1 Mas quando há da parte dos que trabalham tão manifesto desrespeito à ordem expressa de Cristo de que nos amemos uns aos outros, como Ele nos amou, como poderemos esperar que os irmãos atendam às ordens de homens finitos e aos regulamentos e especificações definidas quanto à maneira em que cada um deve trabalhar? A sabedoria que prescreve para nós deve ser sobrenatural, de outro modo se demonstrará um médico que não pode curar, e que apenas destruirá. Seria melhor que buscássemos a Deus de todo o coração, e depuséssemos a importância própria; pois "Todos vós sois irmãos". Cristo torna o jugo suave TM 192 2 Em vez de lutar para preparar regras e regulamentos estabelecidos, melhor seria estardes orando e submetendo a Cristo vossa vontade e vossos caminhos. Ele não Se agrada quando tornais difíceis as coisas que Ele fez fáceis. Diz Ele: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." O Senhor Jesus ama a Sua herança; e se os homens não pensarem ser sua especial prerrogativa prescrever regras para os seus companheiros de trabalho, mas aplicarem as regras de Cristo em sua vida seguindo-Lhe as lições, então cada um será um exemplo, e não juiz. O caráter paternal de Deus TM 192 3 O mais favorito tema de Cristo era o caráter paternal de Deus e Seu abundante amor. A maldição de cada igreja hoje é não adotarem os homens os métodos de Cristo. Pensam poderem melhorar as regras dadas no evangelho, e que assim são livres para defini-las, esperando portanto reformar as igrejas e os obreiros. Seja Deus o nosso único Mestre, nosso único Senhor, cheio de bondade, compaixão e amor. TM 193 1 Deus dá conhecimento a Seus obreiros e deixou registrada para nós a rica, abundante promessa: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. Não pense tal pessoa que receberá do Senhor alguma coisa." Não é melhor obter sabedoria individualmente, indo a Deus e não ao homem? Que diz o Grande Mestre? "Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me deste." Criticando defeitos nos outros TM 193 2 Há entre nós um mal que precisa ser corrigido. Irmãos sentem-se livres para olhar aos supostos defeitos dos outros e deles falar, quando esta mesma liberdade revela decidido defeito neles mesmos. Tornam manifesto que são sábios em seu próprio conceito; e Deus não lhes pode dar Sua bênção especial, pois eles se exaltariam e prejudicariam a preciosa causa da verdade. Quando o mundo estava destituído do conhecimento de Deus, Jesus veio para comunicar esta inestimável bênção -- o conhecimento do caráter paternal de nosso Pai celestial. Foi essa a Sua própria dádiva ao nosso mundo; e essa dádiva entregou Ele a Seus discípulos, para por eles ser comunicada ao mundo. Devem os obreiros melhorar-se TM 193 3 Tendo aprendido as regras simples, devem eles [os ministros] inclinar a mente à aquisição de conhecimento em conexão com o seu labor, para que possam ser obreiros que não têm de que se envergonhar. Poderão dominar um ramo da Ciência após o outro, enquanto estão empenhados na obra de pregar a verdade, caso sabiamente empreguem o seu tempo. Áureos momentos são desperdiçados em conversação sem importância, na indolência, e em fazer coisas de insignificante conseqüência, momentos esses que deveriam ser usados cada dia em consecuções úteis que nos habilitariam mais de perto a nos aproximarmos de uma norma elevada. TM 194 1 Os homens que hoje se acham perante o povo como representantes de Cristo têm, em geral, mais habilidade que preparo, mas não põem em uso suas faculdades, aproveitando o melhor possível seu tempo e oportunidades. Quase todo o ministro do campo, caso tivesse empregado as energias que Deus lhe deu, não somente poderia ser eficiente na leitura, na escrita e na gramática, mas até mesmo em línguas. É-lhes essencial colocar alto o seu alvo. Mas pouca ambição tem havido de pôr à prova suas faculdades para alcançar uma norma elevada no conhecimento e no intelecto religioso. TM 194 2 Nossos ministros terão de prestar contas a Deus por enferrujarem os talentos que Ele lhes entregou para melhorar pelo exercício. Podiam ter feito, inteligentemente, trabalho dez vezes maior, se se tivessem preocupado em tornar-se gigantes intelectuais. Toda a experiência deles em sua elevada vocação é amesquinhada porque se contentam em permanecer onde estão. Seus esforços para adquirir conhecimentos não embaraçarão no mínimo seu crescimento espiritual se estudarem com motivos corretos e objetivos apropriados. Necessidade de obreiros TM 194 3 Há necessidade de obreiros em todo o mundo. Deve a verdade de Deus ser levada a terras estrangeiras, a fim de que os que estão nas trevas sejam iluminados. Deve ser feito um trabalho que habilite os estudantes a serem colaboradores de Deus. TM 195 1 Deus exige que se mostre neste sentido um zelo infinitamente maior que o que até aqui tem sido manifestado. Como um povo, estamos em certo ponto muito atrasados no trabalho missionário. Não estamos fazendo a vigésima parte do bem que poderíamos realizar em posições de confiança, porque entre nós prevalece em grande parte o egoísmo. Alguns invejam os outros, temendo que estes sejam muito mais estimados que eles mesmos. TM 195 2 Há necessidade de intelectos cultos em toda a parte da obra de Deus; pois os novatos não podem fazer aceitavelmente a obra de revelar o tesouro escondido para enriquecer almas. Deus projetou que as escolas sejam um instrumento para o desenvolvimento de obreiros de Jesus Cristo, de quem Ele não Se envergonhará, e esse alvo deve ser sempre conservado em vista. A altura que o homem pode alcançar pela devida cultura, até aqui ainda não foi reconhecida. Temos entre nós um bom número de homens capazes. Caso sua capacidade fosse posta em uso, teríamos vinte ministros onde agora temos um. Os médicos também seriam educados para lutar contra a doença. TM 195 3 Cidades e vilas estão mergulhadas no pecado; no entanto há Lós em cada Sodoma. O veneno do pecado opera no coração da sociedade. Deus pede reformadores que se levantem em defesa das leis que Ele estabeleceu para governar o sistema físico, e manter uma norma elevada no preparo do espírito e no cultivo do coração. O cultivo do coração TM 195 4 Há perigo de exatidão farisaica, sobrecarregando os espíritos com formas e costumes do mundo que, em muitos casos, se tornam todo importantes, fazendo um mundo de um átomo, e um átomo de um mundo. Mais fará por nós a graça de Cristo com sua influência purificadora e enobrecedora, do que toda a educação do mundo sobre boas maneiras que se julga tão essencial. Para muitos, o exterior é a súmula da religião, e no entanto será evidenciado que o coração não tem aquela genuína cortesia que, unicamente, é de valor diante de Deus. Se se lhes fala a respeito de suas faltas, tão pouca delicadeza cristã têm que se perde de vista a sagrada posição do ministro que Deus enviou com Sua mensagem de advertência, no esforço que fazem para lhe criticar a atitude, os gestos, e a formação das sentenças. Julgam-se modelos de sabedoria, mas não dão atenção às palavras de Deus vindas das cortes dos Céus. A todos estes diz Deus que se terão de tornar loucos para poderem conhecer a verdadeira sabedoria de Cristo. TM 196 1 Foi-me mostrado que Deus determinou que nosso colégio realizasse a grande e boa obra de salvar almas. Somente quando colocados sob o completo domínio do Espírito de Deus é que os talentos de um indivíduo se tornam úteis ao máximo. Os preceitos e princípios da religião são os primeiros passos na aquisição de conhecimento, e jazem no próprio fundamento da verdadeira educação. O conhecimento e a ciência devem ser vitalizados pelo espírito de Deus a fim de servir aos mais nobres propósitos. Somente o cristão pode fazer o devido uso do conhecimento. Para ser bem apreciada, deve a Ciência ser considerada do ponto de vista religioso. Então todos adorarão ao Deus da Ciência. O coração enobrecido pela graça de Deus melhor poderá compreender o verdadeiro valor da educação. Somente quando temos um conhecimento do Criador, poderão ser apreciados os atributos de Deus conforme são vistos em Suas obras criadas. Devem os professores estar familiarizados não apenas com a teoria da verdade, mas ter um conhecimento experimental do caminho da santidade, para poderem guiar a juventude às fontes da verdade, ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O conhecimento só é poder quando está unido à verdadeira piedade. A alma que se esvaziou do eu será nobre. Habitando Cristo pela fé em nosso coração, tornar-nos-á sábios à vista de Deus. Recebendo dádivas TM 197 0 30 de Janeiro de 1895. TM 197 1 Perguntais a respeito da conveniência de receber dádivas dos gentios ou dos pagãos. A pergunta não é estranha; mas eu vos perguntaria: Quem é que possui nosso mundo? Quem são os verdadeiros donos das casas e terras? Não é Deus? Ele tem em nosso mundo uma abundância que colocou nas mãos dos homens, pela qual o faminto pudesse ser suprido de alimento, o nu de roupa, de casa, o que não tem lar. O Senhor moverá homens do mundo, mesmo idólatras, a dar de sua abundância para o sustento da obra, se deles nos aproximarmos com sabedoria, e lhes dermos oportunidade de fazer as coisas que é seu privilégio realizar. O que nos quiserem dar devemos considerar um privilégio receber. TM 197 2 Devemos familiarizar-nos com homens que estão em elevadas posições, e, exercendo a sabedoria da serpente, e a inocência da pomba, podemos obter deles vantagens, pois Deus quer mover-lhes o espírito para fazer muitas coisas em favor do Seu povo. Se as pessoas devidas expusessem aos que têm meios e influência as necessidades da obra de Deus no devido aspecto, esses fariam muito para expandir a causa de Deus no mundo. Temos afastado de nós privilégios e vantagens cujo benefício poderíamos ter gozado, porque escolhemos permanecer independentes do mundo. Mas não precisamos sacrificar um princípio de verdade enquanto tiramos vantagem de cada oportunidade para fazer a causa de Deus avançar. TM 198 1 O Senhor quer ter Seu povo no mundo, mas não do mundo. Devem procurar levar a verdade aos homens que estão em posições elevadas, e dar-lhes boa oportunidade de receber e pesar as evidências. Muitos há que nem estão iluminados nem informados, e como indivíduos temos sério, solene e sábio trabalho a fazer. Devemos ter aflição de alma por aqueles que estão em posição elevada, e a eles ir com o gracioso convite para vir à festa de bodas. Muitíssimo mais poder-se-ia ter feito do que se tem feito pelos que estão em posições elevadas. A última mensagem dada por Cristo aos Seus discípulos antes que deles Se separasse e fosse elevado aos Céus, foi uma mensagem para levar o evangelho a todo o mundo, e foi acompanhada da promessa do Espírito Santo. O Senhor disse: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra." TM 198 2 "Do Senhor é a Terra e a sua plenitude." "Minha é a prata, e Meu é o ouro, disse o Senhor dos exércitos." "Meu é todo o animal da selva, e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e Minhas são todas as feras do campo. Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude." O peso por almas TM 198 3 Há uma grande obra a ser feita na Terra, e o Senhor Jesus tem posto homens em sociedade consigo mesmo, para que os agentes celestes possam cooperar com os agentes humanos. Cristo estava em agonia de alma pela redenção do mundo, e os que são colaboradores de Deus são representantes de Cristo em nosso mundo. E terão compaixão dos perdidos, tendo agonia de alma pela redenção da humanidade. A menos que a igreja desperte e acorra ao seu posto do dever, Deus porá em sua conta a perda de almas. Tenho profundo interesse em que a obra de Deus avance. TM 199 1 Dos escolhidos de Deus requer-se que multipliquem igrejas onde quer que possam ter êxito em levar almas ao conhecimento da verdade. Mas o povo de Deus nunca se deve reunir numa grande comunidade, como têm feito em Battle Creek. Os que sabem o que significa ter aflição de alma nunca o farão, pois sentirão a responsabilidade que Cristo sentia pela salvação do homem. O espírito de sabedoria TM 199 2 Todo o escolhido de Deus deve melhorar suas faculdades intelectuais. Cristo veio para representar o caráter do Pai e Este enviou Seus discípulos ao mundo para representar o caráter de Cristo; Ele nos deu Sua Palavra para mostrar o caminho da vida, e não nos deixa simplesmente levar esta Palavra, mas também promete dar-lhe eficiência pelo poder do Espírito Santo. Haverá então necessidade de que alguém ande na incerteza, afligindo-se por não conhecer nem experimentar a operação do Espírito Santo em seu coração? Tendes fome e sede de serdes instruídos na justiça? Então tendes a segura promessa de que sereis fartos. "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." TM 200 1 O Senhor quer que possuamos o Espírito de sabedoria celestial. Somos todos nós impressionados a orar humilde e fervorosamente ao Senhor segundo requerem as nossas necessidades, importunando-O em busca do espírito de sabedoria? Oramos, dizendo: "Mostra-me os segredos que eu não conheço, ensina-me Tu"? Oh, que orações humildes e sinceras saiam de lábios verdadeiros, orando pelo conselho que é de Deus! Ele diz: "Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria." Tempos solenes TM 200 2 31 de Janeiro de 1895. TM 200 3 Tempos solenes e sérios estão sobre nós, e as perplexidades aumentarão até o próprio fim do tempo. Poderá haver um pequeno intervalo nessas questões, mas não será por muito tempo. Tenho de escrever cartas que devem ir para Battle Creek na próxima mala postal. Nossos irmãos de lá não estão vendo tudo na luz verdadeira. Os movimentos que têm feito para pagar impostos sobre a propriedade do sanatório e do tabernáculo têm manifestado um zelo e retidão de consciência que a todos os respeitos não são sábios nem corretos. Suas idéias sobre liberdade religiosa estão sendo entremeadas de sugestões que não vêm do Espírito Santo, e a causa da liberdade religiosa está adoecendo, e sua enfermidade só pode ser curada pela graça e doçura de Cristo. TM 200 4 O coração dos que advogam essa causa deve estar cheio do espírito de Jesus. Só o Grande Médico pode aplicar o bálsamo de Gileade. Leiam esses homens o livro de Neemias com coração humilde, tocado pelo Espírito Santo, e suas falsas idéias serão modificadas, ver-se-ão princípios corretos, e a presente ordem de coisas será mudada. Neemias orou a Deus por auxílio, e Ele lhe ouviu a oração. O Senhor moveu os reis pagãos a ir em seu auxílio. Quando seus amigos zelosamente trabalharam contra ele, o Senhor operou por meio de reis para executar o Seu propósito, e atender as muitas orações que a Ele subiam em busca do auxílio de que tanto necessitavam. Posições extremas TM 201 1 Freqüentemente fico muito desapontada quando vejo nossos dirigentes assumindo posições extremas, e se afligindo com questões que não deviam ser consideradas ou causar preocupação, mas deixadas nas mãos de Deus, para que Ele as ajuste. Ainda estamos no mundo e Deus reserva para nós um lugar em ligação com o mundo, e opera pela Sua própria mão direita para preparar o caminho diante de nós, a fim de que Sua obra possa progredir em todos os seus vários ramos. A verdade deve ter um lugar de destaque, e a norma da verdade deve ser levantada em muitos lugares, em regiões distantes. TM 201 2 Tende a certeza de que Deus não colocou sobre os que permanecem fora desses campos estrangeiros de trabalho, a responsabilidade de criticar os que estão no lugar em que o trabalho está sendo feito. Os que não estão no lugar nada sabem acerca das necessidades da situação, e se nada podem dizer para ajudar aos que estão no campo, não os embaracem, mas mostrem a sua sabedoria pela eloqüência do silêncio, e atendam ao trabalho que está próximo de suas mãos. Protesto contra o zelo que manifestam e que não está de acordo com o entendimento, ao ventilarem suas idéias acerca de campos de trabalho estrangeiros. TM 201 3 Deixai que o Senhor trabalhe com os homens que estão no lugar, e os que ali não estão andem humildemente com Deus, para que não saiam de seu lugar, e percam o rumo. O Senhor não colocou sobre os que têm assumido a responsabilidade de criticar a obra, esta responsabilidade, e não lhes dá a sanção de Seu Santo Espírito. Muitos agem segundo o seu próprio juízo humano, e zelosamente procuram arrumar as coisas que Deus não colocou em suas mãos. Enquanto estivermos no mundo teremos de realizar um trabalho especial pelo mundo; a mensagem de advertência deve ir a todos os países, línguas e povos. TM 202 1 O Senhor não opera em Seus obreiros para fazê-los tomar um rumo que traga antes do tempo, o tempo de angústia. Não construam eles um muro de separação entre si e o mundo, propagando suas próprias idéias e noções. Já há isto em demasia em todos os nossos limites. A mensagem de advertência não alcançou grande número de pessoas deste mundo nas próprias cidades que estão justamente à mão, e numerar Israel não é trabalhar de acordo com a ordem divina. Favores a serem recebidos, bem como comunicados TM 202 2 Enquanto estivermos neste mundo, e o Espírito de Deus Se estiver esforçando com o mundo, tanto devemos receber como prestar favores. Devemos dar ao mundo a luz da verdade segundo é apresentada nas Escrituras Sagradas, e do mundo devemos receber aquilo que Deus os move a fazer a favor de Sua causa. O Senhor ainda toca no coração dos reis e governadores em favor de Seu povo, e compete aos que estão tão profundamente interessados na questão da liberdade religiosa não dispensar quaisquer favores ou eximir-se do auxílio que Deus tem movido os homens a dar para o avanço de Sua causa. TM 202 3 Encontramos exemplos na Palavra de Deus quanto a esse mesmo assunto. Ciro, rei da Pérsia, fez uma proclamação por todo o seu reino, e mandou escrever dizendo: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: o Senhor Deus dos Céus me deu todos os reinos da Terra; e Ele me encarregou de Lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o Seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel." Segunda ordem foi dada por Dario para a edificação da casa do Senhor, e está registrada no sexto capítulo de Esdras. TM 203 1 O Senhor Deus de Israel tem colocado os Seus bens nas mãos de incrédulos, mas eles devem ser usados para favorecer a realização das obras que devem ser feitas em prol de um mundo caído. Os instrumentos por meio dos quais vêm essas dádivas, podem abrir avenidas em que a verdade possa prosseguir. Podem não ter simpatia para com a obra, e nenhuma fé em Cristo, nem praticar Suas palavras; mas suas dádivas não devem ser recusadas por esse motivo. TM 203 2 É muito estranho que alguns dos nossos irmãos julguem ser seu dever causar uma condição que estorvaria os meios que Deus gostaria de ter livres. Deus não colocou sobre eles a responsabilidade de entrar em conflito com as autoridades e poderes do mundo, nesta questão. A potente mão de Deus ainda não foi retirada da Terra. Esperem o seu tempo os líderes da obra, escondam-se em Cristo, e ajam e trabalhem com grande sabedoria. Sejam tão sábios como as serpentes e tão simples como as pombas. Repetidamente tenho mostrado que poderíamos receber muito mais auxílio do que temos recebido em muitos modos, se nos aproximássemos dos homens com sabedoria, familiarizando-os com a nossa obra, e dando-lhes uma oportunidade de fazer aquilo que é nosso privilégio levá-los a fazer para o avançamento da obra de Deus. Atividade em nossas igrejas TM 204 0 2 de Fevereiro de 1895. TM 204 1 A prevalecente monotonia da rotina religiosa de trabalho em nossas igrejas, necessita ser modificada. O lêvedo da atividade necessita ser introduzido, para que nossos membros da igreja possam trabalhar em novos ramos e planejar novos métodos. O poder do Espírito Santo moverá corações, ao se quebrar essa monotonia morta, sem vida, e muitos daqueles que nunca dantes haviam pensado em ser qualquer coisa senão espectadores ociosos, começarão a trabalhar com fervor. A igreja que trabalha na Terra, está ligada com a igreja que trabalha em cima. Deus trabalha, os anjos trabalham, e os homens devem trabalhar para a conversão de almas. Devem-se envidar esforços para fazer algo enquanto é dia, e a graça de Deus se manifestará, para que almas possam ser ganhas para Cristo. Por toda parte há almas perecendo em seus pecados, e a toda alma crente diz Deus: "Apressa-te em ir em seu auxílio, com a mensagem que Eu te darei." Economia no lar TM 204 2 O Senhor tornou os homens Seus agentes, e com o coração pleno do amor de Jesus, devem com Ele cooperar em fazer com que os homens se voltem do erro para a verdade. Deus abençoa a terra com o brilho do Sol e com a chuva. Faz com que a terra produza seus abundantes tesouros para o uso do homem. Deus fez o homem Seu mordomo para dispensar as dádivas celestiais levando almas à verdade. Perguntarão meus irmãos da América como os alcançou a preciosa salvadora verdade, quando estavam em trevas? Homens e mulheres levaram seus dízimos e ofertas a Deus, e ao encherem os meios o tesouro, homens foram enviados para levar avante a obra. TM 204 3 Esse mesmo processo deve ser repetido, se hão de ser alcançadas hoje as almas que estão em trevas. TM 205 1 Mas tenho visto que muitos há que estão retendo todo o dízimo, e outros estão retendo uma parte, e assim mesmo o grande trabalho missionário aumenta ano a ano. Devemos aprender a economizar nas despesas familiares. Não se deve incorrer em despesas desnecessárias, porque a escassez e a penúria, a pobreza e miséria de toda a sorte, chegam ao nosso conhecimento e somos convidados a ajudar aos que estão em necessidade e angústia. Devemos cuidar de que os que necessitam de alimento e de roupas sejam supridos, para que os que estão em pobreza de alma possam compreender a bondade da salvação. Trabalho fervoroso TM 205 2 É quando estamos empenhados em fervoroso trabalho, trabalhando de acordo com nossas várias atividades, que Deus a nós Se manifesta, e nos dá graça por graça. Uma igreja ativa, pelejando em favor das almas, será uma igreja que ora, uma igreja que crê, uma igreja que recebe. Uma igreja cujos membros são encontrados ajoelhados diante de Deus, suplicando Sua misericórdia, buscando-O diariamente, é uma igreja que se alimenta do pão da vida e que se dessedenta com a água da vida. A promessa: "Tudo quanto pedirdes a Meu Pai, em Meu nome, Ele vo-lo há de dar", neles se tornará verdadeira. TM 205 3 A atividade piedosa seguida com perseverante zelo trará abundantes resultados. Haverá crescente experiência no amor, e o instrumento humano terá elevados pontos de vista quanto ao que Deus por meio deles quer fazer ao ficarem no seu posto de dever. Então a igreja se levantará e brilhará, reconhecendo que a glória de Deus sobre ela se levantou e que as trevas estão retrocedendo. TM 205 4 O êxito missionário será proporcional ao esforço envidado de todo o coração, perfeitamente consagrado. Todo o afastamento do verdadeiro esforço missionário, toda a falta em alimentar o espírito missionário, tem repercutido na igreja, e tem havido um declínio da espiritualidade. Mas todo o esforço fervoroso que se tem feito nos ramos missionários, tem trazido à igreja saúde espiritual, e não somente tem aumentado seu número de membros, mas lhe tem aumentado o santo zelo e alegria. TM 206 1 O povo de Deus que guarda os mandamentos dentro em breve será colocado em posição muito probante; mas todos os que têm andado na luz, que a têm difundido, reconhecerão que Deus intervém em seu favor. Quando tudo parecer o mais proibitivo, então revelará o Senhor o Seu poder aos Seus fiéis. Quando a nação pela qual Deus tem trabalhado de maneira tão maravilhosa, e sobre a qual tem lançado o escudo da onipotência, abandonar os princípios protestantes, e pela sua legislação der proteção e apoio ao romanismo no limitar a liberdade religiosa, então operará Deus com Seu próprio poder em favor de Seu povo que é fiel. Exercer-se-á a tirania de Roma, mas Cristo é o nosso refúgio. Sacrifício abnegado TM 206 2 Muitos já têm estado há muito em condição sonolenta. Ao passo que alguns têm trabalhado intensamente, manifestando incansável energia, têm outros permanecido como espectadores, e têm estado prontos a fazer declarações de caráter crítico quanto aos métodos e resultados. Isto estão prontos a fazer, embora nunca tenham exercitado a mente em originar quaisquer planos pelos quais almas preciosas pudessem ser salvas para Cristo. Estão prontos a descobrir faltas nos que fazem alguma coisa. Quando estas almas indolentes despertam, e mostram algum sinal de estarem voltando à consciência, ficam desapontadas se outros não lhes dão imediatamente lugares agradáveis na obra. É para eles um grande choque descobrir que o trabalho não pode ser feito sem esforços dolorosos, de abnegação e de crucificação do eu. Esperam êxito e pensam deverem ter a mesma espécie de êxito que os apóstolos tiveram no dia de pentecostes. Esse sucesso eles terão quando passarem pela experiência do sacrifício humilde e abnegado, como os apóstolos. Quando apresentarem súplicas tão fervorosas, de corações quebrantados, contritos e crentes, como as que apresentaram os apóstolos, então a mesma proporção de êxito lhes coroará os labores. "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos." "Mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha Palavra." Trabalho missionário TM 207 1 O espírito do trabalho missionário é pouco conhecido entre nós, e sua manifestação é muito necessária em cada ramo da obra. Uma parte da igreja começou a demonstrar alguma atividade nos ramos missionários. Mas se não despertarmos de maneira mais geral e completa, então os que não conhecem a verdade para este tempo, avançarão na nossa frente, e nos bloquearão o caminho. TM 207 2 Quanto tempo será necessário para despertar os ociosos que durante anos têm desperdiçado o tempo em Battle Creek? Quando se tornarão eles fiéis testemunhas de Deus? Quanto tempo levará antes que eles tomem o jugo com Cristo? Quanto tempo por dia é separado para o culto de Deus? Quantos têm períodos para contemplação e para oração fervorosa? Quantos se têm educado em hábitos de economia para que possam ter dádivas e ofertas para a casa do Senhor? Quantos aqueceram o coração pelo exercício prático da beneficência? Quantos têm envidado sinceros esforços para inspirar outros a trabalhar pelo Mestre? Para trabalhar com êxito em sua terra, necessitar-se-á de um espírito, uma fé e uma perseverança que não fracassam e nem se desanimam. Não há um inativo no Céu, e ninguém entrará nas bem-aventuradas mansões que tenha deixado de demonstrar amor para com Cristo, que não tenha envidado esforços para a salvação de outros. TM 208 1 Quem poderá dizer a obra que se poderia ter feito em nossas igrejas, se os que advogam a verdade não tivessem deixado essas igrejas fracas para se aglomerar em Battle Creek? Se todo o nosso povo tivesse sido servo de Cristo, fiéis, diligentes e tementes a Deus, e tivessem envidado esforços para fazer com que sua influência fosse de tão grande alcance quanto possível no lugar onde estavam, quantas almas poderiam ter sido salvas! Uma candeia acesa em um lugar poderia ter sido um meio de acender muitas outras, e o resultado teria sido ouvir-se a voz de louvor e de ações de graças, e muitos teriam dito: "Que coisas tem Deus operado! Ele fez tudo muito mais abundante além daquilo que pedimos ou pensamos." Dependência direta de Deus TM 208 2 19 de Fevereiro de 1895. TM 208 3 Não está no propósito de Deus que qualquer homem ou qualquer classe de homens presumam que Deus os tornou consciência para os seus irmãos, ou ponham sua mão finita de maneira protetora para dominar os obreiros delegados do Senhor, pondo assim em perigo a segurança da herança do Senhor bem como a sua própria, e retardando a obra de Deus. Deus não Se limita a um homem, ou a um grupo de homens para por eles realizar Sua obra, mas a todos diz: "Vós sois cooperadores de Deus." Quer isto dizer que toda a alma que crê deve ter uma parte a desempenhar em Sua sagrada obra, e todo o crente individual em Jesus Cristo deve manifestar ao mundo um símbolo da suficiência de Cristo; deve apresentar a Sua igreja as mais elevadas leis do mundo imortal futuro, e, em obediência aos mandos do Céu, que são sem paralelos, deve revelar uma profundeza de conhecimento independente das invenções humanas. TM 209 1 Deve o Senhor ser crido e servido como o grande "EU SOU", e nEle devemos confiar implicitamente. Não prescrevam os homens leis para substituir a lei de Deus. Nunca eduqueis os homens para olhar para os homens, a confiar nos homens, pois a sabedoria do homem não é suficiente para decidir quanto ao direito deles, de se empenhar na obra de Deus. Quando Deus impõe um trabalho a indivíduos, não devem os homens rejeitar a sua sanção. Na execução de Seus planos, não deve Deus ser embaraçado pela interferência do homem, mas isso tem sido feito freqüentes vezes. TM 209 2 Se a igreja na Terra se deve assemelhar a um templo, seja este edificado segundo o modelo mostrado no Céu, e não segundo o gênio humano. A invenção do homem freqüentemente anula a execução do plano de Deus. A áurea vara de medir não tem sido colocada nas mãos de qualquer homem finito ou de qualquer classe de homens seja qual for a sua posição ou vocação, mas está nas mãos do arquiteto celestial. Se os homens não se entremeterem nos planos de Deus, e O deixarem trabalhar sobre os espíritos e os caracteres, edificando-os de acordo com os Seus planos, realizar-se-á uma obra que permanecerá através das mais severas provas. ------------------------Capítulo 9 -- Obreiros sob a direção de Deus Deus, o obreiro-mestre TM 210 1 Os tempos estão se tornando difíceis e há dificuldades em obter-se dinheiro, mas Deus abrirá o caminho para nós, por meio de fontes fora do nosso próprio povo. Não posso ver como alguém pode fazer exceção ao recebimento de dádivas dos que não pertencem a nossa fé. Só podem fazer isso assumindo pontos de vista extremados, e criando casos que não estão autorizados a criar. Este é o mundo de Deus, e se Deus pode mover agentes humanos de tal modo que a terra que estava nas mãos do inimigo possa ser trazida para as nossas mãos, a fim de que a mensagem possa ser proclamada em regiões distantes, bloquearão os homens o caminho com suas noções acanhadas? Uma consciência assim é tudo, menos sadia. O Espírito Santo não leva homens a seguirem tal rumo. TM 210 2 Acautelem-se todos de como se interpõem entre Deus, o grande Obreiro-Mestre, e Seu povo. Devemos ver e reconhecer a operação de Sua providência e curvar-nos ante a Sua autoridade. Atenda cada mensageiro de Deus ao seu trabalho específico, e não corra para um trabalho que é simplesmente segundo a sua própria sabedoria e invenção. Dirijam-se os mensageiros de Deus ao trono da graça, para poderem receber sabedoria e graça para conhecer a Deus, para compreender Suas obras. O conhecimento de Deus dar-lhes-á espírito bem equilibrado e são juízo, para que não se movam impulsivamente neste tempo crítico e importante da história da Terra. A devida consideração TM 210 3 Não é a vontade de Deus que qualquer de Seus servos se mova apressadamente e tome pontos de vista acanhados. Ele quer que esperem pacientemente, e manifestem a devida consideração. Cada movimento deve ser feito com judiciosa ponderação e depois de muita oração. Então nossos irmãos terão uma experiência mais equilibrada e tranqüila, e estarão habilitados a prestar maior benefício ao povo, pois a sua recompensa será a glória do Senhor. TM 211 1 Nossa única segurança encontrar-se-á em buscar constantemente a sabedoria de Deus, e pesar cuidadosamente cada questão com muito temor e tremor, a fim de que não seja trazida para a obra a fraqueza do homem em vez de a luz do Céu. Mas o Senhor prometeu conceder luz aos que O buscam de todo o coração. Se tão-somente esperamos em Deus pacientemente, com oração, e não seguirmos os nossos próprios planos impetuosos, Ele guiará as nossas decisões, e abrirá muitas portas de esperança e trabalho. TM 211 2 O grande General dos exércitos guiará em cada batalha para o avanço de Sua causa. Ele será o guia de Seu povo nos perigosos conflitos em que eles se têm de empenhar, se os vice-líderes e subpastores fizerem o trabalho que lhes foi designado, e ouvirem a voz que diz: "Este é o caminho, andai nele"; "Quem Me segue não andará em trevas". Que grande conforto deve essa promessa ser para nós! Podemos andar na luz como Ele na luz está. TM 211 3 Estejam os homens a quem Deus tem confiado grandes responsabilidades perfeitamente certos de que estão seguindo seu grande guia, a saber, Cristo, e não se estão movendo sob o impulso de seu próprio temperamento natural. Só estaremos salvos quando nos consagrarmos a Deus e olharmos a Jesus, almejando sinceramente executar Seu plano. Podem os homens seguir muitas espécies de luz, mas só há uma Luz que lhes será seguro seguir. Tende a certeza de que estais seguindo a Jesus aonde quer que Ele vá. Ninguém corra adiante de Cristo, mas aguardem a palavra de comando: "Segue-Me." Desconfiem os líderes de seus próprios conselhos e de suas próprias e ambiciosas fantasias. Não suponham eles que as centelhas que eles mesmos acenderam são a luz verdadeira, senão, depois de algum tempo verificarão que, em vez de seguir a guiadora Estrela celeste, estarão seguindo um guia incerto. Deus ordena a sua obra TM 212 1 Entristeço-me ao ver homens procurarem determinar o rumo exato que os missionários de terras distantes devem seguir. Devemos entregar as questões mais nas mãos dAquele que professamos seguir, a fim de que Ele possa operar por meio dos agentes que designou como Lhe aprouver. Não devemos pensar que tudo deve ser posto sob a jurisdição de poucos homens finitos, que precisam olhar constantemente a Deus em busca de auxílio ou senão cometerão erros crassos. Não é o plano do Senhor que tudo se centralize em Battle Creek. Ele quer que os homens se ponham de lado, e não sintam que Sua obra depende inteiramente deles, e que toda a questão deve ser levada a seu julgamento. É-me difícil exprimir o que desejo; mas, em nome do Senhor, arvoro o sinal de perigo. Os homens que estão em responsabilidade devem temer e tremer por si mesmos. Não se devem julgar competentes para correr adiante dAquele que disse: "Segue-Me." Deus não Se agrada de que os homens que estão em terras distantes devam esperar antes de se poderem aventurar a fazer uma mudança. Devemos crer no poder do Senhor para guiar; pois Ele tem a direção de Sua própria obra. Ele dará sabedoria e entendimento aos homens que O representam em cada parte de Sua grande vinha moral. Diz Ele: "Não Me escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei para que vades e deis fruto." Aos meus irmãos de Battle Creek quero dizer: o Senhor não necessita enviar Suas ordens por meio de Battle Creek, a Seus mensageiros de todas as partes do mundo. Ele não põe essa responsabilidade sobre todos os que tomam a liberdade de dizer a Seus obreiros: "Fazei isto", e, "não façais aquilo." Deus é desonrado quando os homens são levados a olhar em tão grande escala para Battle Creek. TM 213 1 O povo de cada país tem suas peculiaridades distintas, e é necessário que os homens sejam sábios para poderem saber como se adaptar às idéias peculiares do povo, e de tal maneira introduzir a verdade que lhes possam fazer bem. Devem ser capazes de compreender e atender às suas necessidades. Levantar-se-ão circunstâncias que exigirão ação imediata, e será necessário que os que já estão no campo tomem conta do interesse, e façam o que é necessário fazer, sob a direção do Espírito Santo. Devessem eles esperar em tempo de crise que viesse direção de Battle Creek quanto ao que deviam fazer, muito poderiam perder. Os homens que estão manejando a obra devem ser fiéis despenseiros da graça de Deus. Devem ser homens de fé, devendo ser encorajados a olhar a Deus, e a nEle confiar. A organização de Deus TM 213 2 Estudem os obreiros de Deus o sexto capítulo de Isaías, e o primeiro e segundo capítulos de Ezequiel. TM 213 3 Para o profeta, uma roda dentro da outra, a aparência de criaturas vivas com elas relacionadas, parecia tudo intrincado e inexplicável. Mas a mão da sabedoria infinita é vista entre as rodas, e o resultado de sua operação é a perfeita ordem. Cada roda trabalha em perfeita harmonia com todas as outras. TM 213 4 Foi-me mostrado que os instrumentos humanos procuram demasiado poder, e tentam controlar a obra eles mesmos. Deixam muito o Senhor Deus, o poderoso Obreiro, fora de seus métodos e planos, e não Lhe confiam tudo quanto respeita ao avanço da obra. Ninguém deve imaginar poder manejar essas coisas que pertencem ao grande EU SOU. Em Sua providência, Deus está preparando um caminho para que a obra possa ser feita por agentes humanos. Então permaneça cada homem no seu posto do dever, para desempenhar sua parte para este tempo, e saber que Deus é seu instrutor. TM 214 1 Na tomada de Jericó, o Senhor dos Exércitos foi o General do exército. Ele delineou o plano para a batalha e uniu os instrumentos celestes e humanos para desempenhar uma parte na obra, mas mão humana alguma tocou os muros de Jericó. De tal maneira organizou Deus os planos que o homem não podia arrogar-se algum crédito por ter alcançado a vitória. Deus somente deve ser glorificado. Assim será na obra em que estamos empenhados. Não se deve dar a glória aos agentes humanos. Só o Senhor deve ser magnificado. Lede cuidadosamente, por favor, o terceiro capítulo de Ezequiel. Devemos aprender a confiar inteiramente em Deus, e no entanto devemos ter sempre em mente que o Senhor Deus necessita de cada instrumento que conserva a verdade em justiça. Como obreiros de Cristo, devemos ter em vista a cruz do Calvário, proclamando ao mundo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Devemos proclamar a terceira mensagem angélica com nossa voz humana, e esta deve ir ao mundo com poder e glória. TM 214 2 Quando os homens deixam de confiar em homens, quando tornam Deus sua eficiência, então haverá mais demonstração de confiança um no outro. Nossa fé em Deus é completamente fraca demais, e nossa confiança um no outro também é muito pouca. TM 214 3 Cristo soprou sobre os Seus discípulos e disse: "Recebei o Espírito Santo." Cristo é representado pelo Seu Santo Espírito hoje em toda parte de Sua grande vinha moral. Dará Ele a inspiração de Seu Santo Espírito a todos os contritos de espírito. TM 215 1 Haja mais confiança na eficiência do Espírito Santo e muito menos nos agentes humanos. Entristeço-me em dizer que pelo menos alguns não têm dado evidências de terem aprendido a lição de mansidão e humildade na escola de Cristo. Não estão em Cristo, com Ele não têm uma ligação vital. Não são dirigidos pela sabedoria de Cristo, pela comunicação de Seu Santo Espírito. Pergunto-vos então: Como poderemos considerar esses homens infalíveis no juízo? Podem estar em posição de responsabilidade, mas estão vivendo separados de Cristo. Não têm o Espírito de Cristo e dEle não aprendem diariamente. Contudo, em muitos casos, confia-se em seu juízo. O seu conselho é considerado como sendo a sabedoria de Deus. TM 215 2 Quando agentes humanos escolhem a vontade de Deus e estão em conformidade com o caráter de Cristo, Jesus age por Seus órgãos e faculdades. Põem eles de parte todo o orgulho egoísta, toda a manifestação de superioridade, todas as exigências arbitrárias, e revelam a mansidão e a humildade de Cristo. Não são mais eles que vivem e agem, mas é Cristo que neles vive e por eles age. Compreendem as preciosas palavras da oração do Salvador: "Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." TM 215 3 Deus quer que cada indivíduo olhe menos para o finito, menos confie no homem. Temos conselheiros que manifestam não terem conhecimento da graça de Cristo, e não compreenderam a verdade e como é em Cristo. Os que estão cooperando com Deus têm humilde opinião quanto a si mesmos. Não se ufanam, não são presumidos nem exaltam a si mesmos. São longânimos, bondosos, cheios de misericórdia e de bons frutos. As ambições humanas vão na retaguarda. A justiça de Cristo vai adiante deles, e a glória do Senhor é a sua recompensa. Comissões de conselho TM 216 1 Ao se aconselharem para o desenvolvimento da obra, nenhuma pessoa deve estar no poder controlador, ser uma voz pelo todo, a não ser que a todos seja evidente que o conselho dado é o certo. Todos os métodos e planos devem ser cuidadosamente considerados, para que todos possam tornar-se inteligentes quanto aos seus méritos relativos, e decidir qual deles é o melhor a seguir no trabalho missionário que deve ser feito nos campos que diante de nós se abrem. Será bom não somente considerar os campos para os quais o dever nos parece chamar, mas também as dificuldades que serão encontradas. As comissões de conselho, tanto quanto possível, devem deixar que o povo compreenda seus planos, a fim de que o juízo da igreja lhes possa suster os esforços. Muitos dos membros da igreja são prudentes, e têm muitas outras excelentes qualidades de espírito. É próprio que sua sabedoria seja exercida, para que outros possam despertar quanto às grandes questões a serem consideradas. Muitos serão despertados sobre o fato de que devem ter uma visão mais profunda da obra de Deus. TM 216 2 Alguns estão convencidos de estarem muito atrasados em seu conhecimento da mensagem, mas Deus ajudará aos que sinceramente O procuram em busca de sabedoria. Ninguém jamais procura em vão o Seu trono da graça. Devemos buscar sinceramente a sabedoria que vem de cima, reconhecendo que almas estão morrendo por falta da palavra da vida, e que o reino de Cristo deve ser ampliado. Homens e mulheres de espírito nobre ainda serão acrescentados ao número daqueles de quem se diz: "Não Me escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi a vós, ... para que vades e deis fruto." Como conseguir os fundos necessários TM 217 1 Desde o início de nossa obra missionária, temos estado muito perplexos no sentido de saber como poderíamos conseguir fundos adequados para o sustento de empreendimentos missionários nos campos que a Providência diante de nós tem aberto. A obra missionária deve ser grandemente ampliada, e os que crêem na verdade devem evitar usar seus recursos comprando o que é desnecessário. Não devemos estudar as nossas conveniências, mas antes as nossas necessidades. Teremos de nos limitar às nossas necessidades a fim de que haja meios, no tesouro, para arvorar o estandarte da verdade em novo território. TM 217 2 Buscai a Deus; crede nAquele que tem recursos infinitos. Se agirmos com sabedoria, pondo na obra a nossa habilidade, a mão de Deus sobre nós estará. Devemos levar avante a obra, não esperando para ver os fundos no tesouro antes de a empreendermos. Não permita Deus que quando Sua providência nos chamar para entrar nos campos já brancos para a ceifa, sejam os nossos passos retardados pelo clamor: "Nosso tesouro está esgotado. Não temos meios para manter os obreiros que já estão no campo, e nos é impossível aumentar nossas operações." TM 217 3 Damos graças a Deus por terem as nossas Escolas Sabatinas contribuído o bastante para adiantar muitos preciosos empreendimentos. As crianças e os jovens têm dado suas moedinhas que como pequenos arroios têm fornecido uma corrente de beneficência. Devem as crianças ser educadas de tal maneira que possam realizar atos desinteressados que os Céus se alegrarão em ver. Quando o orvalho da juventude sobre elas estiver, devem as crianças ser educadas para fazer trabalho para Cisto. Deve ser-lhes ensinada a abnegação. TM 218 1 Os campos de perto e de longe pertencem a Deus; porque o mundo é Seu. Usurpadores têm tomado posse da propriedade de Deus, mas Ele abrirá um caminho para que a verdade possa ser apresentada nos lugares escuros da Terra. Se os homens seguissem tão-somente a direção do Espírito Santo, achariam caminhos e meios pelos quais a mensagem poderia ser levada e ganha uma gloriosa vitória. Apontai Cristo às almas TM 218 2 Os servos de Deus que vivem em obediência aos Seus reclamos, que falam a verdade com humildade, levarão consigo uma influência que operará para a salvação de muitas almas. Mas não devemos deixar que o povo dependa irremediavelmente de nós. Somos humanos e finitos. Devemos encaminhá-los a Cristo, dizendo: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." Jesus defende o caso de Seus colaboradores, mas a toda a hora precisam eles sentir humilde dependência do Capitão de sua salvação, e, pela intercessão de Cristo, nosso Advogado, muitas almas serão salvas para a vida eterna. O Senhor tem tomado providências para a descida do Espírito Santo sobre Seus obreiros, e todo aquele que sinceramente busca a Deus O encontrará. Devemos ir com confiança ao trono da graça e procurar o escabelo da misericórdia. Devemos crer que o Senhor ouve e atende nossas orações. Nosso grande Sumo Sacerdote, que entrou nos Céus, diz: "E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre." O Espírito Santo habita com os obreiros consagrados que, em qualquer localidade, procuram levar a causa avante. Criando oposição desnecessária TM 219 1 Rogo-vos por amor de Cristo, que não deixeis expressões precipitadas e ásperas saírem de vossos lábios, que não permitais ser usada qualquer linguagem extravagante. Não permitais que seja pronunciada qualquer coisa que cheire a injúria, pois tudo isto é humano. Cristo não tem parte nisso. Que o escritor desembaraçado seja cuidadoso sobre a maneira em que usa sua pena, para não parecer lançar ridículo sobre a posição de crentes ou descrentes. Nossa única segurança encontra-se em preservar o espírito humilde de Cristo, em fazer veredas retas para os nossos pés, para que o que manqueja não se desvie do caminho. A mansidão e humildade de Cristo devem tomar posse da alma. TM 219 2 Satanás está empregando seu poder em apresentar magistrais enganos para conseguir o que não está de acordo com a vontade de Deus. Não dêem os que crêem na verdade ocasião aos nossos inimigos para vindicar a oposição, não dêem lugar à má representação que os homens usariam para se oporem ao avanço da verdade. Por amor de Cristo, envide cada obreiro esforços que desfaçam as asserções de Satanás, e não se empenhem em coisa alguma que Deus não exigiu de suas mãos. Sob o comando celestial, poderemos trabalhar de acordo com a vontade de Deus, e o êxito nos coroará os esforços. Dai a Deus oportunidade de operar, e deixai que os homens façam seja o que for que Ele deseja que façam para levar avante Sua verdade. TM 219 3 A questão da liberdade religiosa é muito importante, e deve ser tratada com grande sabedoria e discrição. A menos que isso se faça, há o perigo de pelo nosso próprio procedimento trazermos sobre nós mesmos uma crise, antes de para ela estarmos preparados. O peso de nossa mensagem deve ser: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Devem nossos irmãos ser aconselhados a agir de maneira que não desperte e provoque as autoridades constituídas, de modo que façam mudanças capazes de limitar a obra, e nos impedir de proclamar a mensagem em diferentes localidades. TM 220 1 Precisamos mais da operação do Infinito, e muito menos confiança nos instrumentos humanos. Devemos preparar um povo para subsistir no dia do preparo de Deus, devemos chamar a atenção dos homens para a cruz do Calvário, tornar clara a razão de Cristo ter feito Seu grande sacrifício. Devemos mostrar aos homens que lhes é possível volver à sua aliança com Deus e à obediência aos mandamentos. Quando os pecadores olham a Cristo como a propiciação dos seus pecados, ponham-se os homens de lado. Declarem ao pecador que Cristo "é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo". Animai-o a buscar sabedoria de Deus; pois pela oração fervorosa aprenderá o caminho do Senhor com maior perfeição do que se for instruído por algum conselheiro humano. Verá ele que foi a transgressão da lei que ocasionou a morte do Filho do Deus infinito, e odiará os pecados que feriram a Jesus. Ao olhar a Cristo como compassivo e terno Sumo Sacerdote, seu coração será preservado em contrição. Humildade TM 220 2 Quando aquele que é colaborador de Cristo inculca a verdade no coração do pecador com humildade e amor, a voz de amor fala por meio do instrumento humano. As inteligências celestiais trabalham com o consagrado agente humano, e o Espírito opera na alma do descrente. A eficiência para crer vem de Deus ao coração, e o pecador aceita a evidência da Palavra de Deus. Pela graciosa influência do Espírito Santo, é transformado e se torna um com Cristo no espírito e no propósito. Sua afeição a Deus aumenta, tem fome de justiça e almeja ser mais semelhante a seu Mestre. Contemplando a Cristo é transformado de glória em glória, de caráter em caráter, e se torna mais e mais semelhante a Jesus. Está imbuído do amor a Cristo e pleno de profundo e incansável amor às almas que perecem, e Cristo é formado interiormente, a esperança da glória. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos Filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." TM 221 1 Lede por bondade o segundo e terceiro capítulos de Filipenses, e o primeiro capítulo de Colossenses. Há aí lições que todos nós devemos estudar. Paulo escreve: "Nada façais por contenda ou por vanglória mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado em forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome. ... Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus, inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão." "Eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus que me foi concedida para convosco, para cumprir a Palavra de Deus; o mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos Seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; a quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo." Evitai a provocação TM 222 1 Nossos obreiros devem usar a maior sabedoria, de modo que nada seja dito que provoque os exércitos de Satanás ou para excitar a sua unida confederação do mal. Cristo não ousou trazer injuriosa acusação contra o príncipe do mal, e será próprio que levantemos tal acusação, que porá em atividade as agências do mal, as confederações de homens que estão ligados a espíritos maus? Cristo era o Filho Unigênito do Deus infinito, e era o Comandante das cortes celestiais, no entanto Ele evitou levantar acusação contra Satanás. Falando dEle diz Isaías: "Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz." TM 222 2 Aqueles que lêem e escrevem sobre a mensagem do terceiro anjo, considerem o fato de que o Príncipe da paz não apresentou injuriosa acusação contra o inimigo, e aprendam a lição que já deviam ter aprendido muito mais cedo, em sua experiência. Devem tomar o jugo de Cristo, devem praticar a humildade de Cristo. Diz o grande Mestre: "Aprendei de Mim [não faço alarde, Eu escondo a Minha glória]; que sou manso e humilde de coração". Ao aprenderdes de Mim, "encontrareis descanso para as vossas almas." Façam nossos missionários um trabalho que leve àquele arrependimento de que não há necessidade de se arrepender. Precisamos aprender muito mais da mansidão de Cristo para podermos ser um cheiro de vida para vida. TM 223 1 Ninguém abra o caminho para o inimigo fazer sua obra. Que ninguém o ajude a antecipar seu poder opressor, pois ainda não estamos preparados para enfrentá-lo. Precisamos da influência amenizadora, subjugadora, purificadora do Espírito Santo para nos moldar o caráter, e levar todo o pensamento em cativeiro a Cristo. É o Espírito Santo que nos habilitará a vencer, que nos levará a assentar-nos aos pés de Jesus, como Maria, e aprender Sua mansidão e humildade de coração. TM 223 2 Precisamos todas as horas de nossa vida ser santificados pelo Espírito Santo, para não cairmos nas ciladas do inimigo, e ser nossa alma posta em perigo. Há constante tentação para exaltar o eu, e muito nos devemos acautelar contra este mal. Devemos estar constantemente vigilantes para não manifestarmos o espírito de altivez, de crítica e de condenação. Devemos procurar evitar a própria aparência do mal, não revelando coisa alguma que se assemelhe aos atributos de Satanás, que desanime e desacoroçoe aqueles com quem entramos em contato. Devemos trabalhar como Cristo trabalhou -- para cativar, para edificar e não para derribar. A alguns é natural ser mordazes e ditatoriais, para dominar sobre a herança de Deus. E devido à manifestação desses atributos, tem a causa perdido preciosas almas. A razão desses homens terem manifestado esses desagradáveis característicos, é não terem estado ligados com Deus. Lidando com almas preciosas TM 224 1 Os que ocupam posição de importância, que são postos em contato com as almas por quem Cristo morreu, devem dar aos homens a estima que Deus lhes dedicou, e considerá-los preciosos. Muitos, porém, têm tratado a aquisição do sangue de Cristo de maneira rude, em harmonia com a disposição dos homens e não de acordo com a mente e o espírito de Cristo. De Seus discípulos, Cristo diz: "Todos vós sois irmãos." Devemos ter sempre em mente a relação que temos uns para com os outros, e lembrar-nos de que nos devemos encontrar com aqueles com quem nos associamos aqui, ao redor do trono do juízo de Cristo. Deus será o juiz, e Ele tratará com justiça a cada indivíduo. TM 224 2 João diz: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida: e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Que cada um que professa o nome de Cristo considere o fato de que deve enfrentar cada ato de injustiça, dar contas de cada palavra áspera, ante o tribunal de Cristo. Não será agradável recapitular as palavras pronunciadas que têm magoado e ferido almas; recapitular as decisões que têm atuado contra as almas por quem Cristo morreu. Cada ação virá a juízo, tornando-se manifesto o espírito que a determinou. O fruto de cada exação egoísta e arbitrária tornar-se-á claro, e os homens verão os resultados de seus feitos como Deus mesmo os vê. Verão que desviaram almas preciosas do caminho certo ao lidarem com elas de maneira impiedosa. Vivemos no grande dia da expiação, e agora é tempo de que cada um se arrependa diante de Deus, confesse seus pecados, e por uma fé viva, descanse nos méritos de um crucificado e vivo Salvador. TM 225 1 Meus irmãos e irmãs, tereis em mente que ao lidardes com a herança de Deus não deveis dar expansão aos vossos característicos naturais? O povo de Deus é a possessão adquirida de Cristo, e que preço pagou Ele por eles? Será qualquer um de nós encontrado ajudando ao inimigo de Deus e do homem por desanimar e destruir almas? Qual será a retribuição que sobre nós virá se fizermos esta espécie de trabalho? Deve cada um de nós desarraigar de nossa conversação tudo que seja áspero e severo. Não devemos condescender na condenação de outros, e assim não faremos se formos um com Cristo. Devemos representar a Cristo em nosso trato com os nossos semelhantes. Devemos ser colaboradores de Deus em ajudar aos que são tentados. Não devemos encorajar almas a semear as sementes da dúvida; pois estas produzirão uma perniciosa colheita. Devemos aprender de Cristo, pôr em prática Seus métodos e revelar Seu Espírito. É-nos ordenado: "Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Devemos educar-nos a crer na Palavra de Deus que tão maravilhosa e gloriosamente se está cumprindo. Se tivermos a plena certeza de fé, não condescenderemos em duvidar de nossos irmãos e irmãs. O caráter de Cristo TM 225 2 Somos privilegiados em ver a Jesus como Ele é, em conhecê-Lo como Alguém cheio de compaixão, cortesia e divina delicadeza. Ele é bom e misericordioso e nos perdoará os pecados. DEle está escrito: "Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote naquilo que é de Deus para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." TM 226 1 Devemos nutrir amor e gratidão, devemos olhar a Jesus e ser transformados à Sua imagem. O resultado disso será crescente confiança, esperança, paciência e coragem. Estaremos bebendo da água da vida de que Cristo falou à mulher de Samaria. Ele disse: "Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz -- dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. ... Aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna." Esta água representa a vida de Cristo e cada alma dela precisa participar, o que fará entrando em viva comunhão com Deus. Então a bendita, humilde e grata confiança será um princípio permanente na alma. A incredulidade e o temor serão levados de vencida pela fé viva. Contemplaremos o caráter dAquele que nos amou primeiro. TM 226 2 Pela contemplação do incomparável amor de Deus, tomamos sobre nós a Sua natureza. Cristo foi um representante diante do homem e diante dos anjos, do caráter do Deus do Céu. Demonstrou Ele o fato de que quando a humanidade confia inteiramente em Deus, os homens podem observar os mandamentos e viver, e Sua lei pode ser como a menina dos olhos. TM 226 3 Os que buscam conhecer o caminho da vida não precisam ser ricos, nem necessitam ser sábios, letrados ou honrados; assim mesmo Deus lhes ativará a percepção para que possam compreender o que devem fazer para se salvar. A luz do Céu brilha sobre a Terra, vinda do trono de Deus, e Cristo diz: "E Eu quando for levantado da Terra, todos atrairei a Mim." Seu gracioso convite vai a toda a raça humana, e os que o atendem encontrarão vida e salvação. Pedro escreve: "Graça e paz vos sejam multiplicadas pelo conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor; visto como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento dAquele que nos chamou por Sua glória e virtude; pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo." Calma e consideração TM 227 0 14 de Janeiro de 1894 TM 227 1 O Senhor há de em breve trabalhar com maior poder entre nós, mas há o perigo de permitirmos que os nossos impulsos nos levem aonde o Senhor não quereria que fôssemos. Não devemos dar um passo para depois retroceder. Devemos caminhar solene, prudentemente, não fazendo uso de expressões extravagantes, nem permitindo que os nossos sentimentos sejam muito excitados. Devemos pensar calmamente, e agir sem excitação; pois há alguns que ficam facilmente arrebatados, que se aproveitam de inconsideradas expressões e usam pronunciamentos extremos para criar excitação, impedindo assim a própria obra que Deus queria fazer. Há uma classe de pessoas sempre dispostas a escapar por alguma tangente, que desejam apreender qualquer coisa estranha, maravilhosa e nova; mas Deus quer que todos procedam calma e ponderadamente, escolhendo as palavras em harmonia com a sólida verdade para este tempo, a qual precisa, tanto quanto possível, ser apresentada ao espírito isenta do que é emocional, conquanto ainda levando a intensidade e solenidade que lhe convém. Devemos guardar-nos de criar extremos, de animar os que tendem a estar ou no fogo, ou na água. TM 228 1 Rogo-vos que arranqueis de vossos ensinos toda a expressão extravagante, tudo aquilo que espíritos não equilibrados e os inexperientes apreenderão, sendo assim levados a movimentos extremistas e imaturos. Necessário vos é cultivar o cuidado em cada declaração que fazeis para não iniciardes alguém num caminho errado, e trazerdes confusão que requeira muito e penoso trabalho para pôr em ordem, desviando assim a força e o trabalho dos que labutam para direções que não era o desígnio de Deus que eles tomassem. Um traço fanático manifestado entre nós fechará muitas portas aos mais sadios princípios da verdade. TM 228 2 Oh, quão cuidadoso deve ser cada obreiro para não correr adiante do Mestre, mas seguir onde Ele mostrar o caminho! Como alegraria aos inimigos de nossa fé lançar mão de qualquer declaração feita por nosso povo que exija retratação! Devemos agir discreta, sensatamente, pois esta é a nossa força; pois então Deus operará conosco, e por nós, e em nosso favor. ... Oh, como se regozijaria Satanás, se pudesse ter êxito em seus esforços de se insinuar entre este povo, e desorganizar o trabalho, num tempo em que é essencial uma completa organização, e será este o maior poder para manter afastados os movimentos espúrios e para refutar declarações não endossadas pela Palavra de Deus! Temos de conservar uniformemente as nossas fileiras, para que não haja quebra no sistema de método e ordem. Dessa maneira não se dará permissão para que elementos desordenados dominem a obra neste tempo. Vivemos num tempo em que são indispensáveis a ordem, o sistema e a unidade de ação, e a verdade tem de ligar-nos como fortes liames, a fim de que não haja entre os obreiros esforços dispersivos. Se aparecerem manifestações de desordem, temos de ter discernimento claro, para distinguir o espúrio do genuíno. Não se proclame nenhuma mensagem antes de haver ela subsistido a cuidadoso exame, em cada jota e til. Evitar questões colaterais TM 229 1 Minha alma está muito preocupada, pois sei o que diante de nós está. Todo o engano concebível fará sentir seus efeitos sobre os que não têm com Deus uma ligação diária viva. Em nossa obra não deve haver esforços colaterais enquanto não houver completo exame das idéias sustentadas para que se possa averiguar de que fonte se originam. Os anjos de Satanás são sábios para fazer o mal, e criarão o que alguns pretenderão ser luz avançada, proclamarão como sendo coisas novas e maravilhosas, e embora em alguns respeitos seja a mensagem uma verdade, estará misturada com invenções humanas, e ensinará como doutrinas os mandamentos de homens. Se jamais houve um tempo em que deveríamos vigiar e orar com real fervor, é agora. Pode haver coisas supostamente boas, e que no entanto necessitam ser cuidadosamente consideradas com muita oração, pois são especiosas artimanhas do inimigo para conduzir almas numa vereda que esteja tão perto do caminho da verdade que muito pouco se distinga do caminho que leva à santidade e ao Céu. Mas os olhos da fé podem discernir que isto diverge do caminho certo, embora quase que imperceptivelmente. Pode a princípio ser julgado positivamente certo, mas depois de algum tempo verifica-se divergir amplamente do caminho da segurança, da vereda que leva à santidade e ao Céu. Meus irmãos, aconselho-vos a fazer caminhos retos para os vossos pés, para que o que coxeia não seja desviado do caminho. Rondando as igrejas TM 230 0 Cooranbong, Austrália, 1 de Setembro de 1895. TM 230 1 Prezados Irmão e Irmã _____: O irmão _____ apresentou-me os planos para as reuniões que durante semanas se deveriam realizar em vários lugares entre os que conhecem a verdade. Sem dúvida alguns que recentemente aceitaram a fé seriam beneficiados; mas sei que o irmão não está no trilho certo. Alguns dos que forem reunidos sem dúvida alguma terão sua fé fortalecida e confirmada; mas esse trabalho não está levando a mensagem de advertência aos que ainda estão nas trevas e no erro, que não conhecem a verdade. O tempo passa, os perigos dos últimos dias pairam sobre nós; e quantos nos dirão no último e grande dia, quando cada homem receberá segundo as suas obras: Por que não nos advertistes? Vós não nos contastes as coisas que devíamos ter conhecido. TM 230 2 Cristo diz: "Eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." Saiam os nossos ministros sob o peso da solene mensagem de advertência. Quando os homens têm tido toda a vantagem quanto a obter o conhecimento da verdade, como se elaborarão planos para conservar nossos obreiros afastados da obra de salvar almas que estão nas trevas do erro? O tempo é curto. Seja a mensagem de advertência dada de maneira clara e distinta. O Senhor vem para executar o juízo sobre todos os que não obedecem ao evangelho. TM 230 3 Enoque, em seus dias, fez ecoar a proclamação da vinda de Cristo, e a execução do juízo sobre os injustos; e nós agora vemos o cumprimento da profecia de Enoque quanto à grande impiedade que deveria grassar. Mas os que têm a luz são justamente os comissionados por Deus para constantemente fazer trabalho intensivo. Ao se fazer a pergunta: "Guarda, que houve de noite?" Ouvir-se-á em resposta a fiel mensagem: "Vem a manhã, e também a noite." TM 231 1 A influência da verdade é restringida demais. Que se insista com os homens que conhecem a verdade para que a comuniquem aos que estão nas trevas. Muitos se satisfazem com a visão da verdade, mas ainda não se colocaram em seu lugar para comunicarem aquilo que receberam. Deus tem deixado os homens sentirem o poder da verdade, mas nem todos eles estão sabendo a obra que lhes foi designada, procurando salvar o que estava perdido. Cada um deve estar vestido da armadura, preparado para ganhar outros para a obediência à lei de Deus. Eu vejo dar demais aos que já têm; essas maravilhosas reuniões para os que desejam alcançar mais força, estão privando o mundo do próprio trabalho que deve ser feito. Nossos ministros devem estar agora trabalhando para a salvação dos perdidos. As semanas despendidas em reuniões para preparar homens para o trabalho poderiam melhor, muito melhor ser gastas em ir aos caminhos e valados com a proclamação: "Vinde, que já tudo está preparado." Mais luz para os que a usam TM 231 2 Para os que obedecem à luz que têm, do alto virá a iluminação, pois os mensageiros celestes estão esperando para cooperar com os homens em advertir ao mundo enganado e pecaminoso. Quando o povo de Deus se empenhar nesta obra com real agonia de alma, manifestar-se-á decidida mudança em cidades e vilas. Esta ronda nas igrejas para as escorar, torna-as mais dependentes do esforço humano. Aprendem elas a se apoiar na experiência de seus companheiros, e não fazem de Deus Aquele de quem devem depender, e sua eficiência. É tempo de as cidades e vilas estarem ouvindo a solene nota de advertência: TM 232 1 "Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá." Preparai-vos para dEle serdes achados em paz. TM 232 2 Rogo a vós, a quem Deus tem favorecido com o conhecimento da verdade: Ide trabalhar; há trabalho a fazer em toda a parte. Todos os campos estão brancos para a ceifa. Justamente agora há necessidade de semeadores e ceifeiros. O tempo que dedicais constantemente a comunicar a mensagem de advertência aos que a conhecem, não dará o décimo da força que receberiam ao lançar mão da obra para comunicar vida a fim de salvar as almas que perecem. Os anjos estão esperando para abençoar os obreiros consagrados. Deve a parábola da ovelha perdida ser uma lição para cada alma que foi resgatada das ciladas de Satanás. Não devemos rondar as noventa e nove, mas sair para salvar a perdida, procurando-a nos desertos das grandes cidades e vilas. Nesse trabalho serão os obreiros levados a sentir sua fraqueza, e fugirão para a fortaleza. Com eles estará a presença divina, para lhes dar força, coragem, fé e esperança. Os obreiros de coração sincero serão colaboradores de Deus. TM 232 3 As advertências que Cristo deu a Jerusalém não se limitavam a eles só. Os juízos sobre Jerusalém eram um símbolo dos acontecimentos da vinda de Cristo para julgar no último dia, quando diante dEle se reunirão todas as nações. "E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos Céus." Trabalho para todo o verdadeiro discípulo TM 232 4 Todo o verdadeiro seguidor de Cristo tem uma obra a fazer. A cada homem deu Deus o seu trabalho. Alguns estão agora apontando para o rol das profecias que rapidamente se cumprem, e proclamam: Preparai-vos, demonstrai vossa obediência a Deus, observando-Lhe os mandamentos. Não é este o tempo para os mensageiros de Deus pararem para escorar os que conhecem a verdade, e que têm todas as vantagens. Saiam para erguer o estandarte e dar a advertência: "Aí vem o Esposo, saí-Lhe ao encontro." Muitos dos que ouvem a mensagem -- o maior número deles -- não darão crédito à solene advertência. Muitos serão achados desleais aos mandamentos de Deus, que são uma prova do caráter. Os servos de Deus serão chamados entusiastas. Os ministros aconselharão o povo a não os ouvirem. Noé recebeu o mesmo tratamento enquanto o Espírito o impelia a dar a mensagem, quer os homens quisessem, quer não a quisessem ouvir. TM 233 1 Venha quando vier, o advento de Cristo surpreenderá os falsos mestres que dizem: Paz e segurança! todas as coisas continuarão como foram desde o princípio. Assim diz a Palavra Inspirada: "Então lhes sobrevirá repentina destruição." O dia do Senhor virá como um laço sobre todos os que habitam a face de toda a Terra. Virá para eles como um salteador. "Se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa." A vigilância habitual é a nossa única segurança. Devemos estar sempre prontos, para que aquele dia não nos surpreenda como um ladrão. TM 233 2 Considere todo aquele que ama a Deus que agora, enquanto é dia, é o tempo de trabalhar, não entre as ovelhas que já estão no aprisco, mas de sair em busca dos perdidos e dos que estão a perecer. Estes necessitam de auxílio especial para reconduzi-los ao redil. Agora é o tempo de o descuidado despertar de sua letargia. Agora é o tempo de rogar que as almas não somente ouçam a Palavra de Deus, mas também, sem demora, que abasteçam de óleo os seus vasos e suas lâmpadas. O óleo é a justiça de Cristo. Representa o caráter, e o caráter é intransferível. Ninguém o pode obter para outro. Cada um deve adquirir para si mesmo um caráter purificado de toda a mancha do pecado. TM 234 1 O Senhor vem com poder e grande glória. Será então o Seu trabalho fazer completa separação entre o justo e o ímpio. Mas o óleo não pode ser transferido para o vaso dos que não o têm. Então se cumprirão as palavras de Cristo: "Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra." "Então, estando dois no campo, será levado um e deixado outro." Os justos e os ímpios devem estar associados no trabalho da vida. Mas o Senhor lê o caráter; Ele discerne quem são os filhos obedientes, que respeitam e amam aos Seus mandamentos. O joio e o trigo TM 234 2 O observador pode não discernir a diferença, mas há Alguém que disse que o joio não devia ser arrancado por mãos humanas, para não arrancar também o trigo. Deixai ambos crescer juntos até a ceifa. Então o Senhor enviará os Seus ceifeiros para arrancar o joio, e ajuntá-lo em molhos para ser queimado, enquanto o trigo é ajuntado nos celeiros celestiais. O tempo do Juízo é um período bem solene, em que o Senhor recolhe os Seus dentre o joio. Os que têm sido membros da mesma família são separados. Sobre os justos é colocado um sinal. "Eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho que o serve." Os que foram obedientes aos mandamentos de Deus, unir-se-ão com o grupo de santos na luz; entrarão na cidade pelas portas, e terão direito à árvore da vida. Esses são tomados. Seu nome permanecerá no livro da vida, ao passo que os que com eles se associam terão a marca da eterna separação de Deus. TM 235 1 Agora o joio e o trigo estão misturados, mas então a única mão que os pode separar dará a cada um a sua verdadeira posição. Os que têm tido a luz da verdade e ouvido a mensagem de advertência, ouvido o convite à ceia das bodas -- fazendeiros, negociantes, advogados, falsos pastores que têm acalmado as convicções do povo, os atalaias infiéis que não têm dado a advertência nem conhecido a hora da noite -- todos os que têm recusado obediência às leis do reino de Deus, a ele não terão direito. Os que têm procurado uma escusa para evitar a cruz da separação do mundo, serão, com o mundo, apanhados na armadilha. Misturam-se propositadamente com o joio. O semelhante atrai o semelhante para a transgressão. É uma assimilação terrível. Os homens escolhem ficar com o primeiro rebelde, que tentou a Adão e Eva no Éden a desobedecer a Deus. O joio multiplica-se, pois semeiam joio, e terão sua parte com a raiz de todo o pecado -- o diabo. TM 235 2 Sobre os que guardam os mandamentos de Deus é pronunciada a bênção: "Bem-aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, para que tenham poder na árvore da vida (margem) e possam entrar na cidade pelas portas." Eles são "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido"; para que possam anunciar as virtudes dAquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Os obedientes são chamados justos; são atraídos para o santo magneto, Jesus Cristo; o santo atrai o que é santo. O que é injusto ainda será injusto. O caráter não poderá então ser feito ou transformado. O óleo da graça não pode ser emprestado de um para o outro, nem têm tempo as virgens loucas para comprar óleo para si mesmas. Os justos são os que guardam os mandamentos de Deus, e para sempre estarão separados dos desobedientes e injustos que pisam a pés a lei de Deus. O minério puro e a escória não mais se misturarão. Quem é o servo fiel e prudente? TM 236 1 "Quem é pois o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a Sua casa, para dar o sustento a seu tempo?" Podemos responder? Sou eu o servo, fiel ao sagrado encargo que me foi confiado? A cada homem é dada uma responsabilidade individual. As sentinelas têm seu dever específico de discernir a aproximação do perigo e dar o sinal de advertência. Os soldados da cruz de Cristo devem ter ouvidos atentos para ouvir. Em sua posição de responsabilidade, têm que dar à trombeta o sonido certo, para que todos cinjam a armadura para entrar em ação. TM 236 2 Que trabalho estamos individualmente fazendo para o Mestre? Quem está apresentando a verdade aos que jazem nas trevas do erro? Quem está dando as palavras da vida? Muitos são os inimigos de Cristo, que, embora pretendam ser justos, não têm a justiça de Cristo. Eles se disfarçam em anjos de luz, mas são ministros do pecado. Tal fato deve ser suficiente para incentivar toda alma à ação. Quem é o fiel mordomo da graça de Cristo? Quem está fazendo sábia distribuição do trabalho, chamando ao serviço ativo cada alma que tem inteligente conhecimento da verdade, e a todos dando um trabalho a fazer? TM 236 3 Devem os postos avançados ser sempre guardados. Deve haver homens para defender a fortaleza, enquanto as forças que avançam se empenham na luta ativa. A cada homem é dada a sua obra. Não devemos dar eco às palavras dos que estão no erro, mas inculcar idéias de verdade. Nossa obra é beneficiar nosso semelhante. Não devemos andar na trilha dos que se opõem à verdade, mas dar a mensagem do terceiro anjo, que está voando pelo meio do céu, proclamando a nota de advertência, os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. TM 237 1 Os que "nada fazem", agora, terão sobre si a inscrição: "Pesado na balança e achado em falta." Conheciam a vontade do Mestre, mas não a fizeram. Tinham a luz da verdade, tinham toda a vantagem, mas escolheram seus próprios interesses egoístas, e serão deixados com os que eles não procuraram salvar. "Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu Senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os temulentos, virá o Senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes." TM 237 2 Consideremos bem estas palavras. Que ninguém diga: "Isto não se refere a mim; sou cristão." Quem pode dizer isto, o crente ou Aquele que lê o coração? Ao servo infiel foram confiadas solenes responsabilidades; perante o mundo ele se apresentou como servo de Cristo. Mas oh! Que coisa deplorável, tanto para ele como para quantos privassem de suas relações! Ele é um mau servo! Está pondo em perigo os bens de seu Senhor. Ensina que se deve pisar a santa lei de Deus. Chama a Cristo "meu Senhor". Mas declara: "O meu Senhor tarde virá." Não diz que Cristo não virá; não critica a idéia de Sua segunda vinda; diz, porém, ao povo que Sua volta será mais tarde. Ele está tirando da mente dos outros a convicção de que o Senhor breve virá. Sua influência induz os homens à procrastinação presunçosa e descuidada. E assim deixam de vigiar e fazem ecoar as palavras do servo infiel; ainda outros as apanham e ao mau espírito, e os homens são confirmados na sua mundanidade e estupor. Seu rumo é para baixo, não para cima; não estão aguardando o dia de Deus nem o estão apressando. As paixões terrenas, pensamentos corruptos tomam posse da mente. TM 238 1 O mau servo espanca seus conservos que procuram fazer a vontade de seu Senhor. Come e bebe com os temulentos, os que têm mente carnal, apesar de professarem o cristianismo. Opõe-se a Cristo e à obra que Ele veio fazer em nosso mundo, que foi viver a lei de Deus na humanidade, ser um exemplo a toda a raça humana. TM 238 2 Cristo estava cercado por Seus discípulos, e uma vasta congregação ouvia-Lhe as palavras quando Ele disse: "Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." ------------------------Capítulo 10 -- Métodos, princípios e motivos corretos Educação apropriada TM 239 0 Cooranbong, Austrália, 27 de Agosto de 1895. TM 239 1 Prezados Irmão e Irmã: _____: Os alunos de nossa escola de ensino manual neste lugar estão fazendo o máximo para seguir a luz que Deus tem dado, para combinar com o preparo mental o devido uso do cérebro e dos músculos. Até aqui têm os resultados excedido à nossa expectativa. No fim do primeiro semestre, que foi considerado como uma experiência, foi dada a oportunidade de os alunos terem suas férias, e de se empenharem em qualquer trabalho que escolhessem fazer. Porém cada um rogou que a escola continuasse como dantes, com trabalho manual cada dia, combinado com certas horas de estudo. Os alunos não desejavam abandonar a oportunidade presente de aprenderem a trabalhar e a estudar. Se essa é a sua escolha nas mais desvantajosas circunstâncias, que influência se fará sentir quando os edifícios escolares estiverem levantados, e houver arredores mais favoráveis para os alunos? TM 239 2 O edifício que agora ocupam, o único afinal próprio para esse fim, era um velho hotel que alugamos, e que estamos usando em sua máxima capacidade. Quatro tendas armadas num campo vizinho são também ocupadas pelos alunos. Cada manhã, às seis horas, são os membros da escola reunidos para o culto matinal e para o estudo da Bíblia. Tais ocasiões têm-se demonstrado uma bênção. ... TM 239 3 Falei aos alunos oito manhãs. O Senhor Jesus verdadeiramente estava em nossa assembléia. A congregação variava entre vinte e seis e trinta pessoas. Nas primeiras reuniões desceu sobre mim o espírito de intercessão, e todos sentiram que o Senhor ouvira as nossas orações. Então falei cerca de trinta minutos, e o Senhor me deu palavras para os que estavam reunidos. Estes períodos foram os mais proveitosos; e o testemunho dos estudantes que se seguiu deu evidência de que o Espírito Santo a todos dava um vislumbre das coisas de Deus. TM 240 1 As impressões espirituais tornaram-se cada vez mais assinaladas com a continuação das reuniões. A presença divina estava conosco. As simpatias e sentimentos dos presentes inspiraram-se de poder e graça. Os corações eram suscetíveis à influência do Espírito Santo, e decididas mudanças se operaram na mente e no caráter. O Espírito de Deus estava trabalhando nos agentes humanos. Louvo ao Senhor pela encorajadora influência de Seu Espírito sobre o meu próprio coração. Todos nós sentimos que o Senhor estava cooperando conosco para nos levar a querer, resolver e agir. TM 240 2 Não se propõe o Senhor a realizar por nós nem o querer nem o efetuar. Este é nosso próprio trabalho. Tão logo sinceramente nos empenhemos no trabalho, é dada a graça de Deus para operar em nós o querer e o perfazer, mas nunca para ser um substituto de nosso esforço. Nossa alma deve ser despertada para cooperar. O Espírito Santo trabalha no agente humano, para operar a nossa própria salvação. Esta é a lição prática que o Espírito Santo Se está esforçando para nos ensinar. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." TM 240 3 Nunca tive um senso mais profundo da preciosa verdade e de seu poder sobre o espírito humano do que quando me dirigi àqueles alunos nas reuniões cedo, de manhã. Uma manhã após a outra senti-me encarregada de uma mensagem de Deus. Também tive liberdade especial ao falar duas vezes no sábado. Em cada reunião vários incrédulos estavam presentes, e ficaram muito comovidos ao ser a verdade apresentada. Caso tivéssemos um lugar apropriado para a reunião, poderíamos convidar os vizinhos a assisti-la. Mas a nossa sala de jantar comprida e estreita tão superlotada como se estivesse entulhada, não é um lugar muito agradável para o culto. É-me designado um pequeno espaço no canto da sala e fico comprimida à parede. Não obstante, o Senhor Jesus está na assembléia. Isto sabemos. Algumas almas estão agora pensando muito seriamente sobre o assunto da verdade. TM 241 1 Todos nós sabemos que as lutas íntimas mais graves e mais intensas se produzem no momento da grande resolução de executar as convicções que estão no coração humano. A consagração da alma a Deus é a entrega da guarda da alma Àquele que comprou Sua liberdade a um preço infinito, e então devemos prosseguir em conhecer ao Senhor para que possamos saber que como a alva será a Sua saída. "Obedecer é melhor do que sacrificar." Toda a obra do cristão se resume em querer e efetuar. Educação equilibrada TM 241 2 Os alunos trabalham arduamente e com fidelidade. Estão fortalecendo os nervos e ganhando solidez, bem como atividade muscular. Essa é a devida educação, que fará sair de nossas escolas moços que não são fracos nem deficientes, que não têm uma educação unilateral, mas um preparo físico, mental e moral completo. Não devem os educadores do caráter esquecer-se de pôr o fundamento que tornará a educação do maior valor. Exigirá isso abnegação, mas deve ser feito. Devidamente conduzido, o ensino físico preparará para a tensão mental. Mas esse somente, sempre forma um homem deficiente. A tensão física, combinada com o esforço mental, conserva a mente e o moral numa condição mais saudável, sendo feito muito melhor trabalho. Sob esse treino, sairão de nossas escolas alunos educados para a vida prática, habilitados a dar o melhor uso à sua capacidade intelectual. Se quisermos fazer justiça aos nossos estudantes, devem ser combinados o exercício físico e mental. Temos trabalhado aqui neste plano com absoluta satisfação, não obstante a maneira inconveniente em que os alunos têm de trabalhar. TM 242 1 Aqui cheguei e comecei o trabalho da minha parte com tanto fervor, que isso a todos inspirou um renovado zelo, e têm estado trabalhando com determinação, regozijando-se por terem esse privilégio. Temos provocado um no outro o zelo e as boas obras. Temiam os obreiros da escola que eu plantasse as primeiras árvores e agora tanto eles como eu temos a satisfação de ter os primeiros pomares genuínos desta vizinhança. Algumas de nossas árvores produzirão frutos no próximo ano, e os pêssegos darão uma boa colheita dentro de dois anos. O Sr. _____, de quem compramos nossas árvores, mora cerca de trinta quilômetros daqui. Tem extenso e belo pomar. Diz ele que temos esplêndida terra para frutas. TM 242 2 Bem, a escola fez um excelente começo. Os alunos estão aprendendo a plantar árvores, morangos, etc.; a conservar cada radícula desembaraçada para lhes dar oportunidade de crescerem. Não é esta uma lição muito preciosa sobre a maneira de tratar a mente humana, bem como o corpo? Não embaraçar nenhum dos órgãos do corpo, mas lhes dar plena ocasião para desempenhar o seu trabalho? A mente deve ser desafiada, suas energias provadas. Precisamos de homens e mulheres que possam ser vitalizados pelo Espírito de Deus, para realizarem uma obra completa sob a direção do Espírito. Mas essas mentes devem ser cultivadas, empregadas, não ser preguiçosas nem aniquiladas pela inação. Justamente assim desejam-se homens, mulheres e crianças que trabalhem a terra, e usem seu tato e habilidade, não com o sentimento de serem servis, mas de estarem fazendo justamente um trabalho tão nobre como o que Deus deu a Adão e Eva no Éden, os quais gostavam de ver os milagres operados pelo divino Lavrador. O agente humano planta a semente, e Deus a rega, e faz Seu sol brilhar sobre ela, e para cima salta o pequenino rebento. Eis a lição que Deus nos dá concernente à ressurreição do corpo e à reforma do coração. Pelo desenvolvimento do que é terreno, devemos aprender coisas espirituais. Educação e amanho do solo TM 243 1 Não devemos ficar aturdidos nem desanimados quanto às coisas temporais devido a falhas aparentes, nem devemos ficar desalentados pela demora. Devemos trabalhar no solo com alegria, esperança e gratidão, crendo que a terra conserva em seu seio ricas provisões para o fiel obreiro entesourar, mais ricas que ouro ou prata. A esterilidade que lhe é atribuída é falso testemunho. Com um cultivo próprio e inteligente, cederá a terra seus tesouros para o benefício do homem. TM 243 2 As lições espirituais a serem aprendidas não são de ordem inferior. As sementes da verdade semeadas no solo do coração, não serão todas perdidas, mas brotarão, primeiro a erva, depois a espiga, e então o grão na espiga. No princípio disse Deus: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto." Deus criou a semente como criara a terra, pela palavra divina. Devemos exercer nossas faculdades de raciocínio no cultivo da terra, e ter fé na Palavra de Deus que criou o fruto da terra para o serviço do homem. TM 243 3 O cultivo de nossas terras requer o exercício de todas as energias do cérebro e tato que possuímos. As terras ao nosso redor testificam da indolência do homem. Esperamos despertar para a ação os sentidos adormecidos. Esperamos ver fazendeiros inteligentes, que sejam recompensados por seu ardoroso labor. A mão e o coração devem cooperar, pondo em operação planos novos e sensatos no cultivo do solo. Temos visto aqui as gigantescas árvores derribadas e desarraigadas, temos visto a relha do arado enterrada no solo, abrindo profundos sulcos para o plantio de árvores novas e a semeadura da semente. Aprendem os estudantes o que significa arar, e que a enxada e a pá, o ancinho e a grade, são todos implementos de indústria honrosa e útil. Freqüentemente cometer-se-ão erros, mas o erro jaz muito perto da verdade. Aprender-se-á sabedoria pelos fracassos, e a energia que dará lugar a um começo, dá esperança de êxito no fim. A hesitação atrasará as coisas, a precipitação igualmente as retardará, mas todas servirão de lição se os agentes humanos assim o quiserem. TM 244 1 Na escola que aqui é iniciada em Cooranbong, procuramos ter verdadeiro êxito nos ramos agrícolas, combinados com um estudo das ciências. Pretendemos que este lugar seja um centro, do qual irradie a luz, precioso conhecimento avançado que resulte em serem trabalhadas terras incultas, de modo que montanhas e vales floresçam como a rosa. Tanto para as crianças como para os homens, o trabalho combinado com o esforço mental darão a espécie certa de educação completa. O cultivo da mente trará tato e novos incentivos para o cultivo do solo. TM 244 2 Haverá uma nova apresentação de homens como ganhadores de pão, que possuem uma habilidade educada e treinada para trabalhar o solo com vantagem. Sua mente não será sobrecarregada e forçada ao máximo com o estudo das ciências. Tais homens demolirão o tolo sentimento que tem prevalecido com relação ao trabalho manual. Emanar-se-á uma influência, não em oratória altissonante, mas uma real inspiração de idéias. Veremos agricultores que não são grosseiros, ásperos e indolentes, descuidados com o vestuário e a aparência de seus lares; antes porão gosto em suas casas. Os quartos serão ensolarados e convidativos. Não veremos tetos enegrecidos, cobertos de panos cheios de pó e sujeira. A ciência, a engenhosidade e a inteligência manifestar-se-ão no lar. O cultivo do solo será considerado elevado e enobrecedor. A religião pura e prática se manifestará em tratar a terra como a casa do tesouro de Deus. Quanto mais inteligente se torna o homem, tanto mais dele deve irradiar a influência religiosa. E o Senhor deseja que tratemos a terra como um tesouro precioso que nos foi emprestado em confiança. Menos do próprio eu TM 245 0 Granville, Austrália, 13 de Setembro de 1895. TM 245 1 Certamente deve haver uma mudança em nossos ministros. Tanto no coração como no caráter deve haver mais de Cristo, e menos de si mesmo. Devemos ser representantes do nosso Senhor. Os que têm tido grande luz e preciosas oportunidades são responsáveis diante de Deus, que a cada homem tem dado o seu trabalho. Nunca devem trair o sagrado depósito, mas verdadeiramente devem ser a luz do mundo. "Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós e enviou o Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados." Eis uma linguagem que exprime Seu espírito para com um povo corrupto e idólatra: "Como te deixaria, ó Efraim? como te entregaria, ó Israel? como te faria como Admá? te poria como Zeboim? Está mudado em Mim o Meu coração, todos os Meus pesares juntamente estão acendidos." Deve Ele abandonar o povo por quem fora feita tal provisão, a saber o Seu Filho unigênito, a expressa imagem de Si mesmo? Deus permite que Seu Filho seja entregue pelas nossas ofensas. Ele mesmo assume para com o Portador de pecados o caráter de juiz, despojando-Se das ternas qualidades de um pai. TM 246 1 Nisto se recomenda o Seu amor da mais maravilhosa maneira para com a raça rebelde. Que vista para os anjos contemplarem! Que esperança para o homem, "em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores"! O justo sofreu pelos injustos; e levou nossos pecados sobre Seu próprio corpo no madeiro. "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" TM 246 2 Como testemunhas escolhidas de Deus, damos nós valor à possessão adquirida de Cristo? Estamos prontos a fazer todo e qualquer sacrifício ao nosso alcance, para nos colocarmos sob o jugo de Cristo, para cooperarmos com Ele e sermos colaboradores de Deus? Todos os que estão passando pela prova de Deus, obedecendo aos Seus mandamentos, amam a raça humana que perece, como Cristo a amou. Seguem o exemplo de Cristo no trabalho mais fervoroso e abnegado, para buscar nos caminhos e valados os grandes e os pequenos, os ricos e os pobres, e a todos dar a mensagem de que são alvo do amor especial e do cuidado protetor de Cristo. Trabalho para todos TM 246 3 Tão grande é a cegueira natural e a ignorância dos homens com relação a Deus e ao Salvador, que todo aquele que ama a Jesus pode encontrar um trabalho a fazer. Nenhum dos que têm verdadeiro amor a Cristo permanecerá indiferente e indolente. Há uma assinalada diferença entre o caráter e a vida dos que são obedientes a todos os mandamentos de Deus, e a dos que são desobedientes. TM 247 1 Os pais não têm reprimido o egoísmo de seus filhos. A condescendência própria tem sido objeto de procura. Servindo a si mesmos, multidões estão jungidas em servidão a Satanás. São escravos de seus próprios impulsos e paixões, que estão sob o domínio do maligno. Ao chamá-los para o Seu serviço, Deus lhes oferece a liberdade. A obediência a Deus é liberdade da escravidão do pecado, livramento das paixões e impulsos humanos. TM 247 2 Mas temos de enfrentar e contender com homens que empregam todas as suas forças em caluniar os que são leais a Deus. Sua inteligência e a razão que Deus lhes deu são dedicadas a fazer parecer que a obediência aos mandamentos de Deus é um serviço fastidioso. Mas os que advogam os reclamos da lei de Deus testificam: "Muita paz têm os que amam a Tua lei, e para eles não há tropeço." "A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma." O Senhor apresenta a verdade em contraste com o erro, apresentando também o resultado certo de aceitar a verdade, a experiência que sempre segue à obediência voluntária. É paz e descanso. TM 247 3 A obra que está diante do servo de Deus é apresentar a Jesus. A obra dos ministros de Cristo é lançar sua alma indefesa sobre os Seus méritos. Os homens que se desviam do caminho da obediência e fazem da transgressão à lei de Deus uma virtude, estão sob a inspiração do arquienganador. São segados pelo seu poder. Precisam ter diante de si uma apresentação do que a verdade pode fazer no sentido de habilitar os homens a conservar um temperamento semelhante ao de Cristo quando tentados a se tornarem imperiosos e impacientes. Desejam os inimigos da verdade provocar os que ensinam os obrigatórios reclamos da lei de Deus. Se da nossa parte houver represália, as hostes de Satanás triunfam. Ele encontrou um ponto fraco na armadura. Pela sua atitude mesquinha, procuram os agentes de Satanás tentar os advogados da verdade a dizer e fazer coisas que não sejam recomendáveis. Como tratar a oposição TM 248 1 Boa percepção, a nobreza de alma, devem ser alimentadas; o espírito de verdade e justiça deve dominar o nosso comportamento, as nossas palavras, e nossa pena. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." Se o ministro ao estar perante a congregação, vir um sorriso incrédulo na face dos oponentes, seja ele como quem não vê. Se alguém for tão indelicado que ria e olhe com desprezo, nem pela voz nem pela atitude reflita o ministro o mesmo espírito. Mostrai que não manejais tais armas. A pena freqüentemente escreve palavras cortantes, e ao repetir as declarações dos advogados do erro, às vezes nossos irmãos fazem circular o erro. Isso é errado. Apresente vossa pena verdade avançada. TM 248 2 O Espírito Santo não trabalha com homens que gostem de ser mordazes e críticos. Este espírito tem sido alimentado em enfrentar contendores. E alguns têm formado o hábito de provocar combate. Nisto Deus é desonrado. Segurai os dardos aguçados; não aprendais na escola de Satanás os seus métodos de guerra. O Espírito Santo não inspira as palavras de censura. Diante de nós está um tempo de tribulações, e toda alma honesta, que não tem tido a luz da verdade, tomará então posição ao lado de Cristo. Os que crêem na verdade devem converter-se de novo cada dia. Então serão vasos de honra. A devida maneira de enfrentar os opositores TM 249 1 Não repitais as palavras de vossos opositores nem com eles entreis em controvérsia. Não enfrentais meramente os homens, mas a Satanás e seus anjos. Cristo não apresentou injuriosa acusação contra Satanás concernente ao corpo de Moisés. Se o Redentor do mundo, que entendia as artes perversas e enganosas de Satanás, não ousou apresentar contra ele injuriosa acusação, mas com santidade e humildade disse: "O Senhor te repreenda, ó Satanás", não será prudente Seus servos seguirem-Lhe o exemplo? Tomarão os seres humanos uma atitude que Cristo evitou porque esta ofereceria a Satanás ocasião para perverter, deturpar e falsificar a verdade? Observações pessoais devem ser evitadas TM 249 2 Neste período da história do mundo temos um trabalho demasiado grande para começar uma nova espécie de guerra no sentido de enfrentar o poder sobrenatural dos agentes satânicos. Devemos pôr de lado as observações pessoais, embora sejamos tentados a tirar vantagem de palavras ou ações. Na paciência devemos possuir as nossas almas. Irmãos, tornai manifesto que estais inteiramente do lado do Senhor. Deixai que a verdade da Santa Palavra de Deus revele a transgressão e o pecado e manifeste o poder santificador da verdade no coração humano. Um espírito arrogante não deve ter lugar para corromper a obra de Deus. Todo momento que temos o privilégio de comungar com Deus, temos razões para Lhe ser gratos. TM 249 3 Todos os dias há necessidade de contrição, e o Senhor declara a grande vantagem de todo aquele que humilhar seu coração e se esconder em Jesus. "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos." "Mas eis para quem olharei: Para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito." "Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas angústias. O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra." TM 250 1 Deixai que os que odeiam a lei do Senhor se enfureçam e vertam seus anátemas contra aqueles que têm a coragem moral de receber e viver a verdade. O Senhor é a nossa força. Para nós é seguro não exaltar o eu; mas deixar o Senhor operar Sua vontade em nós e por nós. Conservemos um espírito contrito e humilde, que o Senhor reavivará. O valor do conselho e do aviso TM 250 2 O amor-próprio e o louvor próprio certamente suscitarão no coração o ressentimento contra qualquer pessoa que se aventure a objetar o procedimento de alguém. Tudo que se assemelha a conselho ou aviso é recebido com indignação como se visasse machucar e ferir. Esse espírito acariciado levará a numerosos males. Ninguém se aventurará a vos dizer quando errais, porque a pessoa fiel será considerada inimiga. Assim é morta a bondade que deve existir entre os irmãos na fé, devido à desconfiada interpretação dada aos avisos feitos no temor de Deus. Salientam-se indevidamente palavras, a imaginação exagera o assunto e cria a alienação. TM 250 3 Não obstante, não devemos permitir que um irmão sofra injustiça. A presunção deve ser vencida. O amor aos aplausos deve ser visto como uma cilada. Sempre há perigo de cometer erros crassos pelo conceito de nossa própria sabedoria e nossas próprias qualificações. Apresentem essas qualificações o verdadeiro valor, e elas serão apreciadas. O espírito de união e igualdade entre os obreiros TM 251 1 É-me solicitado pelo Espírito de Deus que aconselhe aos meus irmãos que se unam uns aos outros no trabalho. Amai como irmãos, sede piedosos, corteses, verdadeiros como o aço um para com o outro, mas subjugai esse sentimento de superioridade sobre vossos irmãos ministros que leva a pessoa a sentir que não se pode unir aos outros no trabalho. Nenhum homem deve achar que ele deve fazer todo o trabalho. Por mais experiente ou bem qualificado que seja, há necessidade de que outros talentos se unam ao seu. É um erro pensar que a linha de pensamentos de um homem realize a obra em favor de todos os corações num serviço religioso. Necessitam-se homens de diferentes mentalidades, homens cujo coração seja ternamente impelido para ganhar almas. Diferentes métodos de trabalho são realmente essenciais na disseminação da semente da verdade e no fazer a colheita. Freqüentemente se dá o caso de homens da mais humilde habilidade alcançarem corações que se têm tornado endurecidos contra o trabalho de outro homem. Há necessidade de muita oração. Aproximar-se de Deus em comunhão, significa aproximar-Se Deus da alma que O está buscando. Deve haver maior consagração do coração e da vida ao serviço de Deus. Conselho mútuo TM 252 1 Temos diante de nós a maior das obras. O perigo que ameaça a nossa atividade, e que se demonstrará nossa ruína, caso não seja visto e vencido, é o egoísmo: Dedicar a mais elevada estima aos nossos planos, nossas opiniões e nossos trabalhos, e agirmos independentemente de nossos irmãos. "Aconselhai-vos mutuamente" têm sido as palavras freqüentemente repetidas pelos anjos. TM 252 2 Satanás se pode dirigir através da mente de um homem para desviar as coisas de seu devido canal; pode ter êxito com dois que vêem as coisas pela mesma luz; mas com várias mentes reunidas, há maior segurança contra seus ardis. Haverá maior probabilidade de que cada plano seja visto de todos os lados, cada avanço estudado com maior cuidado, para que não haja possibilidade de entrar num empreendimento que traga confusão, perplexidade e derrota à obra em que estamos empenhados. Na união há força; na divisão há fraqueza e derrota. TM 252 3 Deus está conduzindo um povo e o está preparando para a trasladação. Estamos nós, que desempenhamos uma parte nesta obra, firmes como sentinelas de Deus? Estamos unindo as nossas forças? Desejamos tornar-nos servos de todos? Estamos imitando o grande Modelo? Métodos apropriados de trabalho TM 252 4 A verdade não pode ser introduzida de qualquer maneira casual entre o povo de cor, nem podem conselhos ser dados aos crentes e aos que ensinam a verdade, para serem presunçosos. Quando chegar nos Estados do sul o tempo de fazer como fizeram os três heróis dignos que recusaram prostrar-se ante a imagem de Nabucodonosor, apresentará esse tempo decisões em favor ou contra os mandamentos de Deus. Não há necessidade de fechar inteiramente nosso próprio caminho. Tornar-se-á cada vez mais difícil trabalhar nos muitos campos que ainda não foram tocados. Nosso método é: Não torneis proeminentes os aspectos objetáveis de nossa fé, que batem mui decididamente contra as práticas e costumes do povo, até que o Senhor lhe dê uma boa oportunidade de conhecer que somos crentes em Cristo, que cremos na divindade de Cristo e em Sua preexistência. Demoremos sobre o testemunho do Redentor do mundo. "Eu, Jesus, enviei o Meu anjo, para testificar estas coisas nas igrejas." Há necessidade de cuidar estritamente com a palavra que a pena traça no papel. O Senhor nos ajude a aprender na escola de Cristo a Sua mansidão e humildade. TM 253 1 Se a Majestade do Céu cuidou de cada uma de Suas palavras para não instigar o espírito de Satanás e dos anjos caídos, quanto mais cuidadosos devemos nós ser em todas as coisas! Princípios corretos TM 253 2 Devo falar aos meus irmãos de perto e de longe. Não posso calar-me. Eles não estão trabalhando sob princípios corretos. Os que estão em posições de responsabilidades não devem achar que sua importante posição os torna homens de juízo infalível. Todas as obras dos homens estão sob a jurisdição do Senhor. Será perfeitamente seguro ao homem considerar que no Altíssimo há conhecimento. Os que confiam em Deus e em Sua sabedoria, e não na sua própria, estão andando em caminhos seguros. Nunca julgarão estarem autorizados a amordaçar a boca do boi que trilha o grão; e quão ofensivo é os homens controlarem o agente humano que está em associação com Deus, e a quem o Senhor Jesus tem dito: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." "Somos cooperadores de Deus: vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." É nosso dever ampliar o trabalho TM 254 1 Ponham-se a trabalho forças para limpar novo terreno, e estabelecer novos e vivos interesses onde quer que se encontre uma brecha. Aprendam os homens a orar fervorosamente, breve e diretamente ao ponto. Aprendam a falar no Salvador do mundo. A elevar cada vez mais alto o Homem do Calvário. Transplantem as árvores de seu viveiro densamente plantado. Deus não é glorificado na centralização de tão imensas vantagens em um único lugar. Precisamos de sábios jardineiros que transplantem as árvores para diferentes localidades e lhes dêem vantagens pelas quais possam crescer. É um dever positivo ir para as regiões de além. Arregimentai obreiros que possuam o verdadeiro zelo missionário, e deixai-os sair para difundir a luz e o conhecimento tanto perto como longe. Levem eles os vivos princípios da reforma de saúde às comunidades que em grande escala ignoram o que devem fazer. Homens e mulheres ensinem esses princípios às classes que não têm as vantagens do grande sanatório de Battle Creek. É fato que a verdade do Céu chegou ao conhecimento de milhares de pessoas pela influência do Sanatório, no entanto há um trabalho a fazer que tem sido negligenciado. Somos encorajados ao vermos a obra que se está fazendo em Chicago, e em alguns outros lugares. Mas anos atrás, a grande responsabilidade que se centralizava em Battle Creek já devia ter sido distribuída. TM 254 2 O povo está sendo animado a se centralizar em Battle Creek, e dão o dízimo e exercem sua influência para a edificação de uma moderna Jerusalém que não é segundo a ordem de Deus. Nessa obra outros lugares são despojados de recursos que deviam ter. Aumentai, sim, ampliai; mas não num só lugar. Ide e estabelecei centros de influência em lugares em que nada ou quase nada foi feito. Parti vossa massa consolidada; difundi os salvadores raios de luz, e irradiai a luz pelos recantos obscurecidos da Terra. Precisa-se fazer um trabalho um tanto semelhante à descrição da águia despertando seu ninho. "Moabe esteve descansando desde a sua mocidade, e as suas fezes repousaram; não foi mudado de vaso para vaso, nem foi para o cativeiro; por isso conservou o seu sabor, e o seu cheiro não se alterou." E o mesmo se dá com muitos cristãos que vêm para Battle Creek. Muitos têm um zelo espasmódico, mas é como um meteoro que lampeja através dos céus e se vai. TM 255 1 E os próprios trabalhadores de Deus que têm Sua causa no coração façam alguma coisa pelo campo sulino. Não se contentem os despenseiros de Deus com apenas tocá-lo com as pontas dos dedos. Planejem fervorosamente em favor do campo aqueles que têm o coração na obra. Tendes falado a este respeito; mas o que estais fazendo como mordomos dos recursos de Deus? TM 255 2 Tem-nos dado Deus uma obra a fazer? Tem-nos Deus ordenado ir em meio às influências contrárias e converter homens do erro para a verdade? Por que não têm os homens e mulheres que tão freqüentemente se reúnem nas grandes assembléias em Battle Creek posto em prática a verdade que ouviram? Se tivessem comunicado a luz que haviam recebido, que transformação de caráter teríamos visto! Para cada graça comunicada, teria Deus dado graça. O trabalho que por eles se tem feito não tem sido apreciado como deveria, senão teriam saído para os lugares obscurecidos da Terra e difundido a luz que Deus sobre eles tem derramado. Teriam dado ao mundo a mensagem da justiça de Cristo pela fé, e sua própria luz se teria tornado cada vez mais clara, pois Deus teria trabalhado com eles. Muitos têm descido no erro à sepultura, simplesmente porque aqueles que professavam a verdade têm deixado de comunicar o precioso conhecimento que receberam. Se a luz que tem brilhado com superabundância em Battle Creek tivesse sido irradiada, teríamos visto muitos despertarem para se tornarem colaboradores de Deus. O mal dos sermões compridos TM 256 1 Prezado Irmão _____: Aqueles que vão ser porta-vozes de Deus devem saber se seus lábios foram tocados pela brasa viva do altar, e apresentar a verdade numa demonstração do Espírito. Mas discursos compridos são exaustivos para o orador e exaustivos para os ouvintes que têm de ficar sentados tanto tempo. A metade da matéria apresentada seria de maior benefício para o ouvinte do que a grande quantidade entornada pelo orador. O que é apresentado na primeira hora tem muito mais valor se o sermão termina aí do que as palavras que são proferidas na meia hora adicional. Há um sepultamento na matéria já apresentada. TM 256 2 Amiúde me tem sido revelado o assunto de que nossos ministros cometiam erro ao falarem tanto que apagassem a primeira impressão forte exercida nos ouvintes. Tão grande quantidade de matéria é apresentada, que provavelmente não podem reter ou digerir, e tudo parece confuso. TM 257 1 Tenho conservado isto diante dos meus irmãos do ministério, e lhes tenho rogado que não se alonguem em seus discursos; algum melhoramento já se obteve nesse terreno com os melhores resultados. Mas alguns discursos têm passado de uma hora. TM 257 2 Quando estava na América foi-me comunicada luz no período da noite quanto a vós. Havíeis falado longamente e ainda julgáveis não haver dito tudo que queríeis, e estáveis pedindo mais um pouco de tempo. Alguém com dignidade e autoridade levantou-se diante de vós, enquanto estáveis no púlpito, e disse: Destes ao povo uma boa porção de matéria a considerar; a metade do que tendes dado seria muito mais proveitosa do que o todo. Uma vez revigorada pelo Espírito Santo, deve exercer impressão sobre o ouvinte humano. O Espírito Santo trabalha com o homem, mas se houver pontos vitais a salientar e que são essenciais para o ouvinte levar consigo, uma multidão de palavras apaga esta forte impressão ao derramar no vaso mais do que este pode conter e assim muito esforço é perdido. Reservar a outra metade para apresentar quando a mente estiver tão fresca que a possa receber, será ajuntar os fragmentos, para que nada se perca. TM 257 3 A verdade é um poder precioso e vitalizador. É a entrada da Palavra que dá luz e sabedoria aos símplices. A verdade deve ser apresentada de maneira clara, vigorosa e incisiva, para que possa impressionar o ouvinte. Quando a verdade, em qualquer ramo, é apresentada, é essencial que seja compreendida a fim de que todo o seu precioso alimento, o pão da vida, o maná do Céu, seja recebido. Ajunte-se todo o fragmento, para que nada se perca. Na apresentação da verdade ao pregar a Palavra, é importante que o ouvinte receptivo nada perca. O Senhor Jesus é representado pelo Espírito Santo, e está procurando conseguir admissão à mente, vindo convicção ao coração e consciência; mas o efeito da matéria excessiva é prejudicial, oblitera a impressão anteriormente feita. Falai pouco, e criareis o interesse de ouvir muitas vezes. TM 258 1 É especialmente uma verdade que temas novos e surpreendentes não devem ser apresentados ao povo de maneira demasiadamente longa. Em cada sermão feito seja aplicada uma verdade ao coração, para que todo aquele que ouvir entenda, e para que homens, mulheres e jovens se possam tornar vivos para Deus. Procurai levar todos, do menor ao maior, a examinar a Palavra; pois o conhecimento de Sua glória deve encher toda a Terra como as águas cobrem o mar. Conhecer a Deus TM 258 2 "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça de nosso Deus e Salvador Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor." Estas preciosas palavras são dirigidas aos que conosco têm obtido fé igualmente preciosa pela justiça de Deus e nosso Salvador Jesus Cristo. A fim de reconhecer a grandeza da promessa, devemos saber, por conhecimento experimental, quem está atrás da promessa. "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: Em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." Qualificativos essenciais para a obra de Deus TM 259 1 Em Sua Palavra enumera o Senhor os dons e graças indispensáveis a todos aqueles que estão ligados com Sua obra. Ele não nos ensina a passar por alto o conhecimento ou desprezar a educação; pois, uma vez controlada pelo amor e pelo temor de Deus, é a cultura intelectual uma bênção; no entanto, não é ela apresentada como requisito mais importante para o serviço de Deus. Jesus deixou de lado os sábios de Seu tempo, os homens de educação e posição, por serem tão orgulhosos e presumidos em sua alardeada superioridade que não podiam simpatizar com a humanidade sofredora, e tornar-se colaboradores do Homem de Nazaré. Em seu fanatismo desdenhavam ser ensinados por Cristo. O Senhor Jesus quer que os homens ligados à Sua obra a apreciem como sagrada; então poderão eles cooperar com Deus. Poderão ser canais livres pelos quais Sua graça poderá fluir. Os atributos do caráter de Cristo só poderão ser comunicados àqueles que não confiam em si mesmos. A mais elevada educação científica não pode por si mesma desenvolver caráter semelhante ao de Cristo. Os frutos da verdadeira sabedoria só vêm de Cristo. TM 259 2 Todo obreiro deve provar suas próprias habilitações pela Palavra de Deus. Têm os homens que lidam com coisas sagradas claro entendimento, correta percepção das coisas de interesse eterno? Consentirão em ceder à operação do Espírito Santo? Ou permitem a si mesmos serem controlados por suas próprias tendências hereditárias e cultivadas? A todos convém examinar-se para ver se estão na fé. Posição e responsabilidade TM 260 1 Os que ocupam posições de confiança na obra de Deus, sempre devem ter em mente que estas posições envolvem grande responsabilidade. Correta realização da solene obra para este tempo, e a salvação das almas que conosco de qualquer modo se associam, dependem em grande parte de nossa condição espiritual. Devem todos cultivar um vivo senso de sua responsabilidade; pois seu próprio bem-estar presente e seu destino eterno serão decididos pelo espírito que alimentam. Se o eu estiver entretecido no trabalho, é como se se oferecesse fogo estranho em lugar do sagrado. Tais obreiros incorrem no desagrado do Senhor. Irmãos, retirai vossas mãos da obra, a menos que possais distinguir o fogo sagrado do comum. TM 260 2 Nem todos os que figuram como homens representativos, são cavalheiros cristãos. Prevalece o espírito de procurar o domínio sobre os outros. Os homens se consideram autoridade, exprimem suas opiniões e passam resoluções acerca de questões das quais não têm nenhum conhecimento experimental. Alguns dos que estão ligados à Casa Publicadora de _____, passam pelo escritório, falando com diferentes pessoas, dando as instruções que supõem próprio darem, quando não compreendem aquilo de que estão falando. Injustiça e desonestidade TM 260 3 Grande injustiça e mesmo desonestidade têm sido cometidas nas reuniões administrativas ao levar as questões àqueles que não têm uma experiência que os capacite a serem juízes competentes. Nas mãos de homens têm sido colocados manuscritos para serem submetidos à crítica, quando os olhos do seu entendimento estavam tão cegados que eles não podiam discernir a importância espiritual do assunto de que estavam tratando. Mais do que isto, não tinham verdadeira noção de confecção de livros. Nem tinham estudo nem prática no ramo das produções literárias. Homens se têm arvorado em juízes de livros e manuscritos nesciamente colocados em suas mãos quando deveriam ter recusado tal incumbência. Ter-lhes-ia sido honesto apenas dizer: "Nunca tive experiência neste ramo de trabalho, e certamente cometeria uma injustiça para comigo mesmo e para com os demais, se desse minha opinião. Desculpai-me, irmãos; em vez de instruir aos outros, necessito de que alguém me ensine." Mas isto estava longe de sua cogitação. Exprimiam-se livremente sobre assuntos de que nada sabiam. Algumas conclusões têm sido aceitas como sendo a opinião de homens sábios, quando eram simplesmente opinião de neófitos. TM 261 1 Chegou o tempo em que, em nome de Deus e na Sua força, deve a igreja agir para o bem das almas e para a honra de Deus. A falta de uma fé firme e de discernimento nas coisas sagradas deve ser considerada suficiente para excluir qualquer homem de ligação com a obra de Deus. Assim também a condescendência com um temperamento voluntarioso, um espírito áspero e despótico, revela que seu possuidor não deve ser colocado onde seja levado a decidir questões de peso que afetam a herança de Deus. Um homem impetuoso nenhuma parte deve desempenhar no trato com a mente humana. Não se lhe deve confiar o ajuste de questões que se relacionam com aqueles que Cristo comprou por um preço infinito. Se se puser a manejar homens, ferir-lhes-á e magoará a alma; pois não têm o fino tato, a delicada sensibilidade comunicados pela graça de Cristo. Seu próprio coração precisa ser abrandado, subjugado pelo Espírito de Deus. O coração de pedra não se tornou um coração de carne. Todos devem representar a Cristo TM 262 1 Todos os que assim falsamente representam a Cristo estão imprimindo um molde errado à obra; pois encorajam os que com eles estão ligados a fazerem o mesmo. Por amor de sua alma, por amor àqueles que correm o risco de sua influência, devem eles resignar sua posição; pois no Céu aparecerá o registro de que o obrador do mal tem em suas vestes o sangue de muitas almas. Ele fez com que alguns ficassem exasperados, de tal modo que abandonaram a fé; alguns se têm imbuído dos seus próprios atributos satânicos, sendo impossível avaliar o dano a eles causado. Somente aqueles que manifestam que seu coração está sendo santificado pela verdade devem ser mantidos em posições de confiança na obra do Senhor. TM 262 2 Considerem todos que seja qual for a sua ocupação devem representar a Cristo. Com firme propósito procure cada homem ter o Espírito de Cristo. Especialmente devem os que aceitaram a posição de diretores ou conselheiros sentir que deles se requer que, em todos os sentidos, sejam cavalheiros cristãos. Embora, no trato com outros, devamos ser sempre fiéis, não devemos ser rudes. As almas com que temos de lidar são a possessão adquirida do Senhor, e não devemos permitir que nenhuma expressão precipitada, arrogante, escape dos lábios. TM 262 3 Irmãos, tratai os homens como homens, não como servos, mandados de uma parte para a outra a vosso bel-prazer. O que condescende com o espírito áspero e altivo melhor seria que se tornasse um guardador de ovelhas, como Moisés, e assim aprendesse o que significa ser um verdadeiro pastor. Moisés alcançou no Egito a experiência de poderoso estadista, e de líder dos exércitos; mas não aprendeu ali as lições essenciais à verdadeira grandeza. Necessitava ele de experiência em deveres mais humildes, para se poder tornar alguém que assume cuidados, terno para com todo ser vivente. Ao cuidar dos rebanhos de Jetro foi sua simpatia atraída para as ovelhas e cordeirinhos, e aprendeu a guardar essas criaturas de Deus com o mais terno cuidado. Embora sua voz nunca pudesse se queixar de maus tratos assim mesmo a atitude deles muito poderia demonstrar. Deus cuida de todas as criaturas que Ele fez. Ao trabalhar para Deus nessa humilde posição social, Moisés aprendeu a ser para Israel um terno pastor. Confiar em Deus TM 263 1 O Senhor quer que aprendamos também uma lição da experiência de Daniel. Muitos há que se poderiam tornar homens poderosos, se, como este fiel hebreu, confiassem em Deus quanto à graça para serem vencedores e à força e eficiência em seus labores. Daniel demonstrou a mais perfeita cortesia, tanto para com os mais velhos como para com a juventude. Permaneceu como uma testemunha de Deus, e procurou tomar tal atitude que não se precisasse envergonhar por lhe ter o Céu ouvido as palavras ou contemplado as obras. Ao se exigir de Daniel que participasse do fausto da mesa do rei, não se encolerizou, nem exprimiu a determinação de comer e beber como lhe agradasse. Sem falar uma palavra de desafio, levou a questão a Deus. Tanto ele como seus companheiros buscaram a sabedoria do Senhor, e ao saírem da fervorosa oração, sua decisão estava feita. Com verdadeira coragem e cortesia cristã, Daniel apresentou o caso ao oficial sob cujo cuidado estavam, pedindo que lhes fosse concedido ter um regime simples. Sentiram esses jovens que seus princípios religiosos estavam em jogo e confiavam em Deus, a quem amavam e serviam. Foi-lhes concedido o que pediram, pois haviam alcançado graça para com Deus e os homens. TM 263 2 Homens em toda posição de confiança precisam tomar seu lugar na escola de Cristo e atender a injunção do grande Mestre: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas, porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Não temos desculpas por manifestar um único traço errado de caráter. "Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos." Em vosso trato com outros, seja o que for que virdes ou ouvirdes, e que necessite ser corrigido, ide primeiro ao Senhor à procura de sabedoria e graça, para que ao tentardes ser fiéis, não sejais rudes. Pedi-Lhe que vos dê a docilidade de Cristo; então sereis leais ao vosso dever; leais à vossa posição de confiança, e fiéis a Deus, um mordomo fiel, que vence as tendências para o mal, naturais ou adquiridas. TM 264 1 Ninguém a não ser um cristão de todo o coração pode ser um cavalheiro perfeito; mas se Cristo estiver habitando na alma, Seu Espírito se revelará nas maneiras, nas palavras e nas ações. A delicadeza e o amor nutridos no coração, serão demonstrados em abnegação e verdadeira cortesia. Tais obreiros serão a luz do mundo. A necessidade de discernimento espiritual No vapor "Alameda" em alto mar TM 264 2 17 de Novembro de 1891. TM 264 3 A redenção faz parte da natureza divina. É prerrogativa de Deus ter de reconstruir, não de destruir. O Filho de Deus foi dado para morrer, antes da fundação do mundo. A existência do pecado é inexplicável; portanto nenhuma alma sabe o que Deus é enquanto não se vê à luz que se reflete da cruz do Calvário, e, na amargura de sua alma detesta-se a si mesmo como um pecador. Quando sua alma clama em grande necessidade, por um Salvador que perdoa os pecados, então Deus é revelado como misericordioso, pleno de compaixão, perdão e amor, longanimidade e paciência. Como membros da igreja, se fiéis, somos individualmente servos de Jesus Cristo, colaboradores de Deus. Quando alguém é machucado pelo inimigo e ferido, e comete erro, como fiéis e leais ao Mestre, como coobreiros de Deus, devemos empenhar-nos no trabalho missionário mais próximo de nós, devemos trabalhar para curar e não para arruinar e destruir. A esperança que temos em Cristo deve-se a sermos pecadores. Temos direito de reclamar um Salvador. Então quando houver em qualquer de nossas instituições, associados conosco, aqueles que erram, nenhum homem desempenhe a função de acusar, condenar e destruir, como se fosse infalível. TM 265 1 É obra do cristão corrigir, restaurar, curar. Esse processo curador salva muita alma e oculta uma multidão de pecados. Deus é amor; Deus, em Si mesmo, em Sua essência, é amor. Ele faz o melhor daquilo que parece ser um dano, não dando a Satanás a ocasião de triunfar por fazer com que o mal apareça, e expor nossas fraquezas aos nossos inimigos. O mundo não deve ser introduzido na igreja, e com ela casar-se, formando um laço de união. Por esse meio tornar-se-á a igreja verdadeiramente corrupta, e, como foi declarado em Apocalipse: "Coito de toda a ave imunda e aborrecível." A influência da união com os mundanos TM 265 2 Pela associação com o mundo tornar-se-ão nossas instituições sem conteúdo, indignos de confiança; porque a esses elementos mundanos, introduzidos e colocados em posições de responsabilidade, são vistos, como professores que devem ser respeitados, em sua posição de educar, dirigir e oficiar, quando é certo serem manejados pelo espírito e poder das trevas; de modo que não se torna distinta a demarcação entre aquele que serve a Deus e aquele que O não serve. Por Cristo é dada a parábola relativa ao campo em que se supunha haver sido semeado o puro trigo, mas as pessoas encarregadas olham esse campo com desapontamento e perguntam: "Não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem então joio?" O dono da vinha respondeu: "Um inimigo é quem fez isso." Acusador dos irmãos TM 266 1 Assim me foi apresentado com relação ao Retiro Rural de Saúde. Tive uma mensagem de advertência. Falei com fervor, e sei que o Senhor pôs o Seu santo Espírito sobre mim, enquanto eu apresentava o perigo da associação com o mundo e do amor a ele. O mundano está sempre à espreita para criticar e acusar os que servem a Deus. Isto se revelará na queixa impertinente de professos cristãos, que nunca foram transformados pela graça de Jesus Cristo. São inimigos mortais dos que crêem. Desprezam o sábado do quarto mandamento, e se puderem fazer parecer que os que se estão esforçando por obedecer aos mandamentos de Deus são faltosos, lançou Satanás seus dardos, e agora o que mais? -- Ele demonstrou seu poder acusador; mas seus cruéis dardos pouco mal farão se os cristãos professos permanecerem fiéis às palavras de Cristo e forem obradores de Sua Palavra e não somente ouvintes. Aqueles a quem se fazem tais queixas estão na obrigação para com Jesus Cristo de amar, respeitar e ser fiéis mutuamente àqueles que estão unidos a Cristo na comunhão da igreja. Unir-se ao elemento que acha faltas, ser acusadores dos irmãos, receber o vitupério que eles põem à vossa parte, é secundar a obra do inimigo colocando-vos em suas mãos, para tornar a sua obra um êxito. Por que Cristo foi odiado TM 267 1 Apresentei diante dos ouvintes a questão de que Jesus, o Senhor da vida e da glória, foi crucificado para agradar a maldade dos judeus, porque os princípios que Ele apresentava não coincidiam com as suas próprias idéias e com seus ambiciosos alvos. Ele condenava todo o engano, toda a sub-reptícia obra de política para alcançar a supremacia, e toda a prática não santificada. Pilatos e Herodes tornaram-se amigos na crucifixão de Jesus Cristo. Agradaram aos judeus em tornar eficaz sua inimizade contra alguém a quem Pilatos declarara inocente. Apresentei-lhes Judas que traiu seu Senhor por uma quantia em dinheiro; Pedro, que O negou em Sua humilhação na sala do julgamento. Poucas horas antes, havia ele com grande firmeza assegurado a Seu Mestre que com Ele iria até à prisão e à morte; e não obstante a declaração de Jesus de que, antes que o galo cantasse, ele O negaria três vezes, tão confiante em si estava ele que não tomou as palavras de Cristo como verazes e verdadeiras. Quão pouco se conhecia ele! Quão depressa as circunstâncias puseram à prova sua lealdade para com o seu Mestre! Negou a Jesus na própria hora em que com Ele devia ter vigiado em fervorosa oração. Ao ser, na sala do julgamento, acusado de ser um dos discípulos desse Homem, negou; e na terceira vez em que foi acusado, enfatizou sua negação jurando e praguejando. Efeito da conversação genuína TM 267 2 Disse Cristo: "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas." O olhar de dor e tristeza que Jesus lançou a Pedro, não era um olhar sem esperança; quebrantou o coração de Pedro, que negara a seu Senhor. TM 268 1 Mas Pedro se converteu, e então, depois da crucifixão e ressurreição de Cristo, quando estava perante os legisladores, ousadamente declarou-se a favor de Jesus, e acusou os príncipes com estas palavras: "Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que vos desse um homem homicida. E matastes o Príncipe da vida." Aí Pedro se revela um homem inteiramente diferente do Pedro confiante em si mesmo e vangloriador de antes de sua conversão. Apresentei-lhes a voz do mundo, os inimigos de Cristo, dizendo aos Seus mensageiros: "Que não ensinásseis nesse nome", e "quereis lançar sobre nós o sangue desse Homem." Teve êxito tal ameaça? Tornou covardes as testemunhas de Cristo? -- Não; elas proclamaram a mensagem que Deus lhes dera; e foram trancados na prisão, mas Deus enviou os Seus anjos para os libertar. De noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os trouxe para fora, dizendo: "Ide apresentar-vos no templo, e dizei ao povo todas a palavras desta vida." Essa voz dos anjos celestes era diretamente oposta à das autoridades, e a qual delas deveriam eles obedecer? "Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus o qual vós matastes, suspendendo-O no madeiro. Deus com a Sua destra O elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados. E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo que Deus deu àqueles que Lhe obedecem. E, ouvindo eles isto, se enfureciam, e deliberaram matá-los." Então Gamaliel, doutor da lei, pleiteou em favor dos apóstolos, e suas palavras prevaleceram. Bem, esta é uma pequena parte das palavras que o Senhor me deu para falar ao povo. Como tratar os que erram TM 269 1 As palavras que me foram dadas eram daquele caráter que eu sabia necessitar o povo e que os beneficiariam se as ouvissem. Um discurso foi sobre a maneira de tratar aos que conosco se unem na qualidade de igreja, caso errem. Não deviam permitir que sua mente fosse levada à ação pelas palavras dos inimigos do Senhor contra Seus filhos. Se queixas, murmurações ou acusações são feitas, devem eles estudar na escola de Cristo quanto ao procedimento que devem seguir para com aqueles de quem se fazem as queixas. Trata do assunto entre ti e ele só, e se não te ouvir leva então contigo outras duas ou três pessoas; e se a estes não ouvir, dize-o à igreja. Não ameis o mundo TM 269 2 O mundo não tem parte com os crentes nesta obra. Ele não pode discernir os motivos e os princípios que vinculam o povo de Deus em suas relações e trato mútuos. Devemos ser soldados verdadeiros e leais no exército de Jesus Cristo. Todos os Seus seguidores devem acompanhar o passo de seu Líder. Nunca devem eles revelar seus segredos aos inimigos de Jesus Cristo ou torná-los seus confidentes em relação a seus movimentos ou ao que pretendem fazer em sua linha de ação, pois é uma traição aos sagrados depósitos e dá ao inimigo toda a vantagem. E o conselho do povo de Deus seja dentro do seu próprio grupo. Não devem os inimigos de Cristo ser familiarizados com os seus segredos, ao passo que os filhos de Deus são conservados na ignorância das próprias coisas que deveriam saber. Os segredos do Senhor estão com aqueles que O temem. TM 270 1 O mundo é o principal inimigo da religião. As forças satânicas estão constantemente em operação em todo o mundo, e os que são professos cristãos, e todavia associados com o mundo em íntima comunhão, são de tal maneira um em espírito, alvos e princípios de ação, que não podem discernir entre o que serve a Deus e o que serve ao mundo. O inimigo trabalha constantemente para empurrar o mundo para a frente, para que seja considerado superior aos que crêem em Jesus e procuram ser obradores de Sua Palavra. Palavras de louvor e lisonja dos mundanos são recebidas como doces manjares, mas o juízo dos que amam essa espécie de alimento está de acordo com a fraqueza que eles demonstram nessa direção. Sua vida espiritual compõe-se justamente da espécie de material de que se alimentam. Sua experiência cristã depende em grande parte da lisonja e da apreciação humana. O temor e o amor de Deus não estão entretecidos em sua experiência. TM 270 2 Quão lamentável e triste é ver homens que conheceram algo do Espírito de Deus caírem tão completamente nos braços do mundo, que desviados e influenciados por sua voz, dependam de seus favores para obterem força e êxito! Quão manifestamente estão tais pessoas alienadas de Cristo, quão cheias de confiança própria, quão cheias de jactância e de vaidade, e quão curtos de vista com relação à espiritualidade! Quão pouco do verdadeiro discernimento têm eles para distinguir entre o que é um filho de Deus, herdeiro do reino, e o que é filho do maligno, que é filho da desobediência e inimigo de Deus! As duas classes TM 270 3 Há somente duas classes em nosso mundo; os que são obedientes a Jesus Cristo, que procuram o Mestre, para Lhe fazer a vontade, e trabalham para alcançar a salvação de sua própria alma, e a alma de cada um dos que com eles se associam, que mencionam o nome de Cristo; e os filhos da desobediência. Apenas há duas classes em nosso mundo. Então ouvi as palavras dAquele que sabe: "Filhinhos, sois de Deus, e já o tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve." 1 João 4:4, 5. Almas estão sendo enganadas. O temor e o amor de Deus não têm poder controlador. O mundo é o seu senhor e eles procuram alcançar sua enganosa e lisonjeadora miragem. Ouvi Aquele que deu Sua vida pelo mundo, "para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Ele falou como jamais homem algum falara. Todo S. João quinze contém uma lição muito importante. Lede-a, obedecei-lhe. De novo, ouvi a voz de Deus: "Não podeis servir a Deus e a Mamom." A mistura de crentes com descrentes TM 271 1 Não assine o povo de Deus em qualquer de nossas instituições o armistício com o inimigo de Deus e do homem. O dever da igreja para com o mundo não é descer a suas idéias e aceitar-lhe as opiniões, as sugestões, mas atender as palavras de Cristo por meio de Seu servo Paulo: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? e que comunhão tem a luz com as trevas? e que concórdia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o fiel com o infiel?" Isto significa em sentido especial, o casamento com os incrédulos; mas abrange maior terreno que este: Significa nossos instrumentos ordenados por Deus, em nossas instituições de saúde, em nossos colégios e em nossas casas publicadoras. TM 271 2 O assunto é colocado diante de nós em seu devido aspecto. Levanta-se a pergunta: "E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo." Que significa isto? -- As sugestões, as obras más dos filhos da desobediência. Em caso algum deveis contaminar-vos com o espírito ou influência dos descrentes. Temei unir-vos ou ligar-vos em molhos com eles. Temei comunicar os trabalhos ligados com a causa do Senhor aos que nenhuma parte têm com Deus, nem simpatizam com os que amam a verdade de Deus. "E Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." TM 272 1 Elevo minha voz de advertência contra a mistura em nossas instituições, de elementos mundanos com os que crêem; temos de fazer ecoar o sinal de perigo. Se em nossas instituições pessoas são colocadas em posição de responsabilidade, são educadores. Outros são ensinados a ir a estas pessoas em busca de instrução, e isso é uma cilada para o incauto; suas idéias tornam-se confusas quanto à justiça e à verdade. Eles ouvem a essas pessoas que não têm respeito à verdade, escarnecem e falam disparatadamente da verdade, que devia ser mantida firme e sagradamente como verdade. TM 272 2 Quando o trabalho do dia na sexta-feira devia ser planejado com relação ao sábado do Senhor, vê-se a operação de Satanás nesses filhos da desobediência para prolongar o serviço horas sagradas a dentro, e dar ordens para que aqueles que estão sob sua direção façam trabalho no sábado, e então eles exultam e Satanás triunfa. TM 273 1 E quando homens que estão na mais elevada posição de responsabilidade não fazem diferença entre os que servem a Deus e os que não O servem, evidenciam que seus olhos não são puros para a glória de Deus; portanto todo o seu corpo está cheio de trevas. Quando esses homens que estão em autoridade se têm de tal maneira misturado com o espírito dos mundanos que as palavras de queixa vindas dos lábios destes incrédulos são tidas como verazes e verdadeiras, eles não sabem de que espírito são. Quando incentivam esse espírito e se queixam contra o povo de Deus, demonstram estarem trabalhando do lado do inimigo, para deprimir e humilhar aqueles a quem o Senhor ama, e mostram que fortalecem as mãos do ímpio, que está fazendo má obra. Quando se sentem livres para permitir que os acusadores dos filhos de Deus façam planos para eles contra Seus escolhidos, não têm a Cristo a planejar consigo. Tratai com justiça os que erram TM 273 2 Se um dos filhos do Senhor erra, então se os homens que estão em autoridade discernem as coisas espirituais, compreenderão que sua posição não permite a traição de sagrados depósitos, de sua parte, e não trairão a causa de Deus entregando-a nas mãos do inimigo. Não serão reticentes para com as próprias pessoas em quem deviam ter confiança, trabalhando em silêncio e segredo, e revelando seus planos aos que nenhuma simpatia têm para com o povo escolhido de Deus. Se se faz qualquer murmuração contra qualquer dos obreiros de nossas instituições de saúde, sendo estes acusados por incrédulos ou crentes, sejam colocadas por todo o estabelecimento cartazes com a seguinte orientação especial dada por nosso Mestre, Jesus Cristo: "Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." TM 274 1 Ide aos que se supõem estarem errados, falai com eles não trabalhando com duplicidade e hipocrisia, saudando-os dia a dia com aparente amizade, e ao mesmo tempo tramando contra eles em perfeita união com as agências satânicas que operam para desarraigar, para demolir, para remover da instituição aqueles a quem o elemento descrente deseja ver removidos, enquanto nenhuma palavra é dita aos irmãos na fé para redimi-los, para curá-los se estiverem em erro; e se não estão em erro, para vindicar o direito e fazer a censura a quem ela cabe -- aos urdidores de uma má obra, porque Satanás está atrás do cenário. O Senhor Jesus censurou os fariseus assemelhando-os a sepulcros que não aparecem, escondidos da vista, mas cheios de corrupção. O Senhor aborrece todo engano, ocultação e artifício. Essa é a obra de Satanás; a obra de Deus é aberta e franca. Ninguém trabalhará contra um filho de Deus na força do testemunho do inimigo do Senhor e operará à maneira de Satanás -- ocultando-se, não obstante sugerindo, instigando, planejando em perfeita união com os inimigos do Senhor. TM 274 2 Como pode o universo celestial considerar esta obra clandestina e covarde contra os que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos? Podem os membros da igreja cometer erros e freqüentemente cometer enganos, mas devem ser tratados com bondade, ternamente, como Cristo nos tem tratado. Mas a repreensão de Deus recai sobre todos aqueles que fazem a obra de Deus de maneira enganosa, professando ser amigos de Cristo, mas trabalhando num estilo oculto, nas trevas, contra os que amam a Deus. "Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo para que não sejas também tentado." TM 275 1 Eis a nossa obra, irmãos; empreendê-la-emos? Tão pouco dela é feito, que vêm à propósito as palavras da verdadeira testemunha à igreja: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." TM 275 2 "E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à Sua mão direita, para se Lhe opor. Mas o Senhor disse à Satanás: O Senhor te repreende; ó Satanás, sim, o Senhor que escolheu Jerusalém te repreende: Não é este um tição tirado do fogo? Ora Josué, vestido de vestidos sujos, estava diante do anjo." Esse foi o aparecimento de Satanás. Ele enganara essas almas por meio de suas fraudes e artifícios. Agora essas almas se haviam arrependido diante de Deus e ao lado de seus nomes foi escrito o perdão. Satanás os estava acusando de pecado, e declarando o seu direito de fazer com eles como lhe agradasse, devido à transgressão que ele as levara a cometer. Mas Jesus contemplou essas almas que nEle criam, confiando em Sua justiça, com a mais terna e amorável compaixão. "Então falando, ordenou aos que estavam diante dEle: Tirai-lhe estes vestidos sujos. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de tia a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos. E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos: E o anjos do Senhor estava ali." Divulgará o povo de Deus que está colocado em posições de confiança, as palavras de Satanás contra os filhos de Deus? Procedamos como cristãos, fiéis como o aço a Deus e à Sua santa obra; prontos a discernir as armadilhas de Satanás em suas obras ocultas e enganosas por meio dos filhos da desobediência. Nossas palavras TM 276 1 "As vossas palavras foram agressivas para Mim, diz o Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra Ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus. Que nos aproveitou termos cuidado em guardar os Seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao Senhor, e escapam." São essas as palavras dos não consagrados que se estão separando de Deus, cegados pelo inimigo. Não podem discernir os caminhos e obras de Deus. Agora é apresentada a classe oposta: "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro." Estas palavras não falavam mal dos irmãos ou faziam queixas a Deus, mas eram palavras vindas de corações sinceros. Palavras em que não havia engano, trabalho clandestino nem dolo. "E o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dEle para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que O não serve." Nossa força em união com Cristo TM 276 2 Possa o Senhor abençoar a Seu povo com visão espiritual, para que vejam que os filhos de Deus e o mundo jamais podem fazer sociedade. Todo aquele que for amigo do mundo é inimigo de Deus. Embora todo indivíduo deva trabalhar com Cristo para transformar os filhos das trevas, mostrando-lhes o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo, eles não podem ter demasiada simpatia para com os mundanos, em tal escala que lhes emprestem sua influência no sentido de executar suas sugestões para enfraquecer e fazer injustiça aos escolhidos de Deus. Deus não opera desta maneira. Na perfeita e completa união há força. Não nos números, mas na perfeita confiança e união com Cristo. Pode um perseguir a mil e dois pôr em fuga a dez mil. Não formemos laços não santificados de união com os amigos do mundo, pois Deus pronunciou Sua maldição sobre todas essas uniões. Tome o povo de Deus firmemente sua posição em favor da verdade e da justiça. Já vemos as terríveis conseqüências da união de crentes com descrentes. O resultado é dar-se aos descrentes a confiança que pertence apenas àqueles que amam e reverenciam a Deus. TM 277 1 O poder das trevas já colocou seu molde e inscrição sobre a obra que devia permanecer pura, não corrompida pelas astutas ciladas do diabo. Levantamos nossa voz de advertência sobre as atrações sociais das ofertas e engodos mundanos. Guardai distância. Não toqueis em coisa imunda. Não sejam as orientações e propostas do mundo dadas ao povo de Deus para dominá-lo. Ai daquele cuja sabedoria não é de cima, mas de baixo! Pelo desejo de alcançar o patrocínio, de obter fama, homens de piedade superficial, traem os mais sagrados interesses pondo-os nas mãos de incrédulos. TM 277 2 Nenhum dinheiro seja obtido por estimular ou sancionar qualquer prática impura. Seja a graça de Cristo trazida ao coração, e se os obreiros forem poucos, e Deus puder trabalhar com eles em nossas instituições, prevalecerão. Não deve haver poder enganador a operar, pois isso é uma coisa impura. Não deve haver mãos contaminadas. Deus reconhecerá mãos limpas e o coração puro. "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo coração é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos." TM 278 1 A luz da glória de Deus deve incidir sobre nós. Necessitamos da santa unção que vem do alto. Por mais inteligente, por mais letrado que o homem seja, não está ele habilitado a ensinar a menos que se apegue firmemente ao Deus de Israel. Aquele que está ligado com o Céu fará as obras de Cristo. Pela fé em Deus terá ele a força para influenciar a humanidade. Procurará as ovelhas perdidas da casa de Israel. Se o poder divino não for combinado com o esforço humano, eu não daria uma palha por tudo que os grandes homens pudessem fazer. Falta o Espírito Santo em nossa obra. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. ------------------------Capítulo 11 -- Aos irmãos que estão em posições de responsabilidade Ligação com a obra de Deus TM 279 0 Cooranbong, Austrália, 6 de Julho de 1896. TM 279 1 Prezado Irmão _____: Tem-me sido revelado que o Senhor prova e experimenta a todos os que mencionam o nome de Cristo, mas especialmente os mordomos de qualquer departamento de Sua causa. A ligação com a obra especial de Deus para este tempo, traz em si muita responsabilidade, e quanto mais elevada a posição de confiança, tanto maior a responsabilidade que implica. Quão humilde e sincero deve ser aquele que está preenchendo tal posição! Quão temeroso e desconfiado de si mesmo! Quão cuidadoso para dar a Deus todo o louvor e ação de graças! TM 279 2 Há um vigia que está ao lado de todos aqueles que ocupam posições de confiança, pronto a reprovar e convencer do erro, ou para atender as orações pedindo auxílio. Vigia para ver se os homens que têm o privilégio de levar responsabilidades olharão a Deus em busca de auxílio, e se prevalecerão de toda a oportunidade para aperfeiçoar o caráter segundo a semelhança divina. Se se desviam da devida retidão, Deus Se afasta deles; se não se esforçam fervorosamente para compreender a vontade de Deus com relação a eles mesmos, não os pode ele abençoar, fazer prosperar ou suster. TM 279 3 Aqueles que Deus tem colocado em posições de responsabilidade nunca devem procurar exaltar a si mesmos, ou chamar a atenção dos homens para o seu trabalho. Devem dar toda a glória a Deus. Não devem procurar posição para poderem dominar a herança de Deus; pois somente aqueles que estão sob o domínio de Satanás é que farão isto. Mas o sistema de vai ou racha é visto freqüentemente em nossas instituições. Esse espírito é alimentado e revelado por alguns dos que estão em posição de responsabilidade, e, devido a isso, Deus não pode efetuar a obra que deseja fazer por meio deles. Por seu procedimento, manifestam os que revelam este espírito o que seriam no Céu se lhes fosse confiada alguma responsabilidade. TM 280 1 Os que vêem as almas humanas à luz da cruz do Calvário, não devem errar quanto à estima que lhes devem dar. A razão de Deus permitir que alguns da família humana sejam tão ricos e outros tão pobres, permanecerá como um mistério para os homens até a eternidade, a não ser que entrem na devida relação para com Deus e executem Seus planos, em vez de agirem de acordo com as suas próprias idéias egoístas de que, por ser um homem rico, deve ser mais altamente respeitado que seu vizinho pobre. Deus faz com que Seu Sol brilhe sobre os justos e injustos, e esse Sol representa Cristo, o Sol da Justiça, que brilha como a luz do mundo, dando igualmente a ricos e pobres as Suas bênçãos e misericórdias visíveis e invisíveis. Tal princípio deve guiar nossa conduta para com os nossos semelhantes. O Senhor é o Mestre dos mais elevados sentimentos morais, dos mais sublimes princípios; e nenhum homem deles se pode desviar e estar sem culpa. É o maior insulto à bondade de Deus, duvidar de que Ele deseje que nós comuniquemos aos outros as bênçãos espirituais e temporais que livremente nos tem proporcionado. O que constitui o cristão TM 280 2 Uma religião pura, uma vida reta e santa faz de um homem um cristão. Mas desde sua apostasia no Céu, tem sido a atitude de Satanás uma atitude de perpétuo engano e desarmonia; e há cristãos professos que lhe estão aprendendo os métodos e práticas. Enquanto pretendem estar servindo à causa de Deus, desviam os semelhantes de seus deveres, a fim de servirem a si mesmos. TM 281 1 Todo o ser humano foi comprado por preço, e, como herança de Deus, tem certos direitos, dos quais ninguém o deve privar. O Senhor não aceita serviço daqueles que praticam duplicidade no trato. A mínima vantagem ganha desta maneira desonrará a Deus e à verdade. Os que possuem a religião da Bíblia, praticarão a justiça, amarão a misericórdia, e andarão humildemente com o seu Deus. Essas foram as linhas traçadas sobre esse assunto pelo Deus da justiça. TM 281 2 Novamente insistiria em que fosse cultivada a fé viva em Deus. Alguns há que embora julgados como estando servindo a Deus, depressa se estão cingindo da infidelidade. Para eles caminhos tortuosos parecem retos; estão vivendo em contínua violação da verdade de Deus. Sua vida prática é entretecida de princípios corruptos, e onde quer que vão, espalham as sementes do mal. Em vez de encaminhar outros a Cristo, faz sua influência com que outros objetem e duvidem. Eles perturbam as mentes que estão na verdade, entrando em teorias especulativas que os afastam da verdade. Ajudam a forjar os grilhões da dúvida e da incredulidade, da crítica e da acusação; e almas sobre eles tropeçam para a perdição. O sangue de almas estará sobre aqueles que embora professem estar no serviço de Deus, fazem obra de Seu inimigo. Que deveríamos nós ser? TM 281 3 Sabendo disto, que espécie de pessoas devemos ser? Exaltaremos a sabedoria humana e apontaremos para o homem finito, mutável e errante como apoio em tempo de angústia? ou exemplificaremos nossa fé pela nossa confiança no poder de Deus, revelando o laço das falsas teorias, religiões e filosofias que Satanás tem armado para apanhar as almas incautas? Por praticar assim a Palavra de Deus seremos luzes no mundo; pois se a Palavra de Deus for praticada, revelaremos a todos os que estão sob a esfera da nossa influência que reverenciamos e respeitamos a Deus, e que trabalhamos sob Sua administração. Pelo andar humilde e circunspecto, pelo amor, perdão, longanimidade e docilidade, espera Deus que Seus servos O revelem ao mundo. TM 282 1 Deus requer daqueles a quem confia sagrados depósitos, que se levantem à plena altura de suas responsabilidades. O homem é colocado aqui no mundo sob testes e provas, e aqueles que são colocados em posições de confiança, devem decidir se exaltarão o eu ou ao seu Criador; se usarão suas forças para oprimir aos seus semelhantes ou para exaltar e glorificar a Deus. TM 282 2 O aumento de responsabilidades, traz o aumento de prestação de contas. Aquele que quiser ser um servo fiel deve prestar serviço inteiro e voluntário ao maior dos Mestres que o mundo já conheceu. Suas idéias e princípios devem conservar-se puros pelo poder de Deus. Todos os dias deve aprender a tornar-se digno da confiança nele depositada. Sua mente deve ser despertada pelo poder divino. Seu caráter não deve ser contaminado pela influência de seus parentes, amigos ou vizinhos. Às vezes deve afastar-se da vida ativa para comungar com Deus, e ouvir Sua voz a lhe dizer: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." TM 282 3 O homem que ama a Deus e anda nos caminhos do Senhor, produzirá os frutos do Espírito como os ricos cachos de uva crescem na videira viva. Cristo é a sua fortaleza. Cristo viveu a lei de Deus na humanidade, e assim pode o homem fazer se pela fé se apegar ao Forte e ao Poderoso em busca de força. Se ele reconhecer que nada pode realizar sem ter a Cristo ao seu lado, Deus lhe dará sabedoria. Mas ele deve nutrir o amor de Cristo em seu coração e pôr em prática as Suas lições; pois não deve ele amar a Cristo como Cristo amou a Deus? Não deve ele demonstrar a todos aqueles com quem se associa que tem a permanente presença de Jesus Cristo mais do que já a tivera antes? Devido as suas crescentes responsabilidades, deve ele ter crescente conhecimento de Deus, e deve revelar aquela fé viva que opera por amor e purifica a alma. A causa freqüente do fracasso TM 283 1 Freqüentemente, porém, ao serem colocados em elevadas posições de confiança, deixam os homens de tomar tempo para orar; pensam não terem tempo para educar cada uma das suas faculdades para corresponderem às convicções do Espírito Santo. Mas se esses homens se assentassem aos pés do manso e humilde Jesus, levariam as sagradas responsabilidades confiantes, não em si mesmos, mas em Deus. Prestariam a Deus o sacrifício de uma vida nobre, abnegada e que leva a cruz. Jesus seria entronizado em seu coração, dando-lhe força física, mental e moral para O tornar conhecido. TM 283 2 Deus almeja trabalhar por intermédio daqueles a quem deu capacidade para grandes coisas. Ele almeja ver aqueles que ocupam lugares de responsabilidade, representando-O ao mundo. Deseja que Cristo seja reconhecido como o maior dos mestres que o mundo já conheceu, e que Ele brilhe através de sua mente como a luz do mundo. "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome." Mas para que assim seja, exige Deus que cada capacidade intelectual e física Lhe seja oferecida como uma sagrada oblação. TM 284 1 Mas alguns homens logo que são colocados em sagradas posições de confiança, consideram-se grandes homens; e uma vez mantido tal pensamento põem termo ao desejo de iluminação divina, que é o único meio possível de tornar os homens grandes. Os que mantêm este ponto de vista extinguem em si mesmos toda a oportunidade de verdadeira grandeza, porque não se tornarão iluminados pelo Sol da Justiça. TM 284 2 Mas os homens não podem extinguir a luz da vida, ainda que cerrem fortemente os olhos para não a enxergarem. O Sol da Justiça em nada brilha menos porque o pobre e insensato agente humano se rodeia de trevas por ele mesmo criadas. Perigos especiais para aqueles que estão em posição de responsabilidade TM 284 3 Os homens que fecham os olhos à luz divina ignoram, deploravelmente ignoram as Escrituras e o poder de Deus. Não lhes agrada a operação do Espírito Santo e atribuem Suas manifestações ao fanatismo. Rebelam-se contra a luz, e fazem tudo o que podem para excluí-la, chamando as trevas luz, e a luz, trevas. Queixam-se de que os ensinos de Cristo causam o indébito excitamento e fanatismo que estragam os que os recebem, incapacitando-os para os deveres da vida. TM 284 4 Aqueles que mantêm esta fé e dela falam, não sabem de que estão falando. Estão alimentando o amor às trevas. E justamente enquanto essas almas sem Cristo forem mantidas em posições de responsabilidade, a causa de Deus estará em perigo. Correm eles o risco de tão firmemente se apegarem ao negro chefe de toda a rebelião que jamais vejam a luz; e quanto mais forem retidos, mais sem esperança será a sua oportunidade de receber a Cristo, ou de alcançarem um conhecimento do verdadeiro Deus. Quão incerto tornam tudo que é espiritual e progressivo na verdade! Sob a influência de seu líder, tornam-se eles cada vez mais determinados a trabalhar contra Cristo, mas através dos bons e maus relatórios, através das trevas, em meio a todo o antagonismo dos agentes de Satanás, calmamente continua o Sol da Justiça a brilhar, revelando o mal, reprimindo o pecado e vivificando o espírito dos humildes e contritos. "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna." A necessidade de experiência cristã diária TM 285 1 A evidência do verdadeiro valor e mérito dos homens que estão em posição de responsabilidade, é o fato de terem uma experiência cristã diária nas coisas de Deus. Acham música nas palavras faladas por Cristo. "Mas, quando vier o Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de Verdade, que procede do Pai, Ele testificará de Mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio." Se os homens receberem o ministério do Espírito Santo -- o mais rico dom que Deus pode conceder -- comunicarão bênçãos a todos aqueles que com eles se relacionarem. TM 286 2 Mas Deus não Se pode revelar por meio de alguns que estão investidos de responsabilidades. Ele não os pode tornar condutos pelos quais Sua graça, compaixão e amor, possam fluir; pois eles insultam Sua bondade, exibindo um espírito arbitrário para com aqueles que eles julgam estarem em erro, e necessitarem de reprovação, eclipsando o amor e a misericórdia de Cristo com suas próprias paixões não santificadas. Ao inimigo de todo o bem é permitido governar em seu coração, e a vida deles revelará os seus atributos. Pretendem que a Palavra de Deus os está dirigindo, mas por suas ações dizem: "Não queremos os Teus caminhos mas os nossos caminhos". TM 286 1 Por suas palavras, suas obras, e seu espírito, os que seguem tal conduta estão fazendo nos livros do Céu um relatório que não gostarão de encontrar; pois Deus não os avalia como eles avaliam a si mesmos. Estão abusando de suas oportunidades probatórias e gravemente negligenciam os elevados privilégios que lhes são conferidos. Embora nada encontrem na Palavra de Deus para vindicar suas ações, ou apoiar suas opiniões, ainda assim persistem em seu próprio caminho. Naquele dia em que o juízo passar sobre todos, contra eles será pronunciada a sentença: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta." A mordomia dos homens TM 286 2 Deus pode confiar aos homens dinheiro e posses, mas, por causa disto, não se devem eles exaltar. Tudo que têm, conservam em confiança; é-lhes emprestado por Deus para que possam desenvolver um caráter semelhante ao Seu. Estão sob prova. Deus quer ver se eles se demonstrarão dignos das riquezas eternas. Se usarem os bens de seu Senhor para se colocarem acima de seus semelhantes, mostram-se indignos de um lugar no reino de Deus. No grande dia do juízo, ouvirão as palavras: "Pois se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?" TM 286 3 Mas se os que o Senhor tem feito seus mordomos considerarem seus tesouros como dádiva Sua, e procurarem demonstrar compaixão, simpatia e amor para com os seus semelhantes, estarão em harmonia com o caráter de Deus, que deu o Seu Filho unigênito para morrer para sua salvação. Se avaliarem as almas da raça humana segundo o preço pago para sua redenção, não executarão seus impulsos naturais, mas manifestarão os atributos do Espírito e da vontade de Deus, e serão condutos pelos quais os sentimentos generosos e amoráveis de Deus poderão fluir para a humanidade. A missão do infortúnio e da adversidade TM 287 1 Tem o Senhor permitido o infortúnio sobrevir aos homens, a pobreza oprimi-los, prová-los a adversidade, para assim poder provar aqueles a quem Ele tem colocado em circunstâncias mais favoráveis; e se aqueles a quem Ele tem confiado os Seus dons forem fiéis, Ele os declarará dignos de andar com Ele vestidos de branco, tornar-se-ão para Deus reis e sacerdotes. "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito." TM 287 2 "Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; se é que já provaste que o Senhor é benigno. E, chegando-vos para Ele -- pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Pelo que também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina; e uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para aqueles que tropeçam na Palavra, sendo desobedientes; para o que também foram destinados. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." Posição impotente para santificar TM 288 1 São aceitáveis os sacrifícios espirituais feitos a Deus quando os homens que estão colocados em posições de grande responsabilidade magnificam a si mesmos e desonram a Deus? Isso se tem feito, e Deus contempla seu procedimento com desprazer. Em vez de crescerem para Cristo, sua Cabeça viva, manifestando ao mundo os Seus divinos atributos, têm crescido rumo à terra. O eu tem sido considerado de grande importância, e o egoísmo se tem apegado à sua obra. Não se vê a devoção a Deus; não se tem desenvolvido a vida espiritual em Jesus Cristo. TM 288 2 Deus não pode dar Sua sabedoria a homens que consideram sua posição suficiente escusa para se desviarem dos princípios da Bíblia para o seu próprio julgamento finito, como se uma posição na obra do Senhor lhes desse liberdade para falar e poder para passar resoluções e delinear planos e métodos que estão em desacordo com a vontade de Deus. Tais pessoas precisam aprender que a posição elevada não tem poder para santificar o coração. Deus permite que conservem essas posições, para provar se eles revelarão o caráter de Deus ou o da humanidade fraca e finita, que nunca esteve inteiramente sob a disciplina de Deus; mas as posições não têm poder para desenvolver o caráter do homem. Depende inteiramente do próprio homem demonstrar se ele mesmo operará, o que significa que Satanás o manejará, ou se será dirigido pelo Espírito de Deus. TM 288 3 "E, assim para vós, os que credes, é preciosa, mas para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram essa foi a principal da esquina." Fizemos todos Cristo nossa justiça? Tem Ele sido colocado como honrada pedra memorial de esquina? Têm sido acariciadas as Suas lições de humildade e têm elas sido postas em prática? Têm sido Suas lições de misericórdia, justiça, e o amor de Deus exemplificados em nossa vida? Deus a fonte de força TM 289 1 Oh, que fraqueza manifestam os homens quando se separam da Fonte de sabedoria e poder! Não tem sido o homem magnificado? Não têm sido os sentimentos humanos e os imperfeitos traços de caráter exaltados como se fossem de grande valor, enquanto Cristo e Sua justiça são excluídos? Não têm os homens entretecido o egoísmo em tudo que têm tocado, revelando-o persistente e determinadamente em seu trabalho? Não têm eles tratado a mensagem de Deus com desdém? Não têm manejado os meios que não lhes pertencem, como se tivessem o direito de com eles fazer o que quisessem? E quando esses meios foram usados para abrir novos campos, não agiram como se eles viessem de seu próprio capital particular, e que mereciam muito crédito por dele assim se apropriarem? Não tem sido o dinheiro ofertado como uma oblação a Deus usado para empilhar grandes edifícios em Battle Creek -- para dar impulso à obra, diz-se, mas realmente para dar oportunidade aos homens para revelar a engenhosidade e o tato que manifestam ao dirigir estas grandes casas de negócio? TM 289 2 "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz; vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que combatem contra a alma; tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observam." O mal de servir ao eu TM 290 1 Como podem os homens considerar a obra do Senhor quando se sentem na liberdade de ser desobedientes, ingratos, não santificados, condenadores e severos, servir a si mesmos mais do que ao Senhor? Aqueles que detêm os sagrados depósitos estão forjando seu próprio destino pelo espírito e caráter que revelam; e já pensaram eles como suas obras aparecerão no Juízo? Se a importante verdade para este tempo fosse um princípio permanente na alma dos que ministram na obra do Senhor, quão fervorosamente se esforçariam eles para obter a perfeição de caráter, para que pudessem cercar a alma dos que com eles entram em contato com uma vivificadora e santa atmosfera, que revigorasse o coração dos humildes e contritos! TM 290 2 É uma lei de Deus que todo aquele que crê na verdade como esta é em Jesus, torná-la-á conhecida. O indivíduo procurará expressar suas idéias e convicções. Todo aquele que nutre a descrença e a crítica, todo aquele que se julga capaz de julgar a obra do Espírito Santo, difundirá o espírito de que é animado. Faz parte da natureza da descrença, da infidelidade e da resistência à graça de Deus, fazerem-se sentidas e ouvidas. A mente movida por esses princípios está sempre se esforçando para abrir um caminho para si, e obter adeptos. Todo aquele que anda ao lado de um apóstata será imbuído de seu espírito no sentido de partilhar com outros os seus pensamentos, e o resultado de suas próprias investigações, e os sentimentos que lhe motivaram as ações; pois não é coisa fácil reprimir os princípios sob os quais agimos. TM 291 1 Alguns dos que se supõem serem dedicados a Deus de coração e alma estão agindo contrariamente a Ele e Sua obra. Outros têm neles depositado a confiança, mas o engano os cobre como um manto. Sua mente é controlada por uma energia incansável e que não pode ser reprimida, um desejo ardente de revelar os seus sentimentos. Assim são as sementes semeadas por toda a parte. Por um sentimento parcialmente expresso, lançam dúvida e descrença da verdade. Alguns existem que não estão em harmonia com os testemunhos, porque homens que ocupam elevadas posições de confiança têm declarado não estarem em harmonia com eles; pois os testemunhos não combinam com suas opiniões, mas censuram todo o vestígio de egoísmo. Males da consolidação não santificada TM 291 2 Tudo que se tem planejado quanto à consolidação, mostra que os homens procuram se apoderar do cetro do poder e manter o domínio sobre as mentes humanas. Mas Deus não trabalha com eles em seus projetos, e a voz que agora têm na causa de Deus não é a voz de Deus. Eles se têm demonstrado completamente indignos de um lugar como sábios administradores; pois sua força é usada para desviar os homens de seus direitos para beneficiarem a si mesmos. Tem havido atos de aparente liberalidade, mas Deus conhece os motivos que os governavam, e não lhes aceitará as ofertas enquanto não se arrependerem e se tornarem conscienciosos obradores de Sua Palavra. A necessidade de união divina TM 291 3 Há uma grande necessidade de união no trabalho e na causa de Deus; mas por longo tempo têm estado em operação influências que procuram criar desafeto, e os homens que julgam ter o poder em suas mãos, pouco se incomodam. Dizem de si para si: "Quando esta consolidação for aperfeiçoada, nós lhes mostraremos quem é que manda. Então poremos as coisas na linha." Mas nunca haverão de fazer tal trabalho. TM 292 1 Como indivíduos e como membros da igreja de Deus, precisamos reconhecer a obra especial de que temos sido incumbidos. Paulo escreve a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como os que te ouvem." Temos diante de nós uma obra muito importante. "A mim, o mínimo de todos os santos", escreve Paulo, "me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor." TM 292 2 "A ti pois, ó filho do homem te constituí por atalaia sobre a casa de Israel. Tu pois ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." "Quando Eu disser ao justo que certamente viverá, e ele, confiando na sua justiça, praticar iniqüidade, não virão em memória todas as suas justiças, mas na sua iniqüidade que pratica, ele morrerá. Quando Eu também disser a um ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado, e fizer juízo e justiça, restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida, e não praticando iniqüidade, certamente viverá, não morrerá. De todos os seus pecados que pecou não se fará memória contra ele: Juízo e justiça fez, certamente viverá. Todavia, os filhos do Teu povo dizem: Não é reto o caminho do Senhor; mas o próprio caminho deles é que não é reto. Desviando-se o justo de sua justiça, e praticando iniqüidade, morrerá nela. E, convertendo-se o ímpio da sua impiedade, e fazendo juízo e justiça, ele viverá por isto mesmo. Todavia, vós dizeis: Não é reto o caminho do Senhor. Julgar-vos-ei a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel." A preeminência da obra de salvar almas TM 293 1 A salvação de almas humanas é um interesse infinitamente acima de qualquer outro ramo de trabalho em nosso mundo. Quem quer que seja que for colocado sob a influência da verdade, e tornado pela fé participante do amor de Cristo, é por esse mesmo fato designado por Deus para salvar outros. Tem uma missão no mundo. Deve ser um colaborador de Cristo, dando a conhecer a verdade como esta é em Jesus; e quando os homens, em qualquer ramo da obra de Deus procuram trazer a mente e os talentos dos agentes humanos do Senhor sob seu domínio, assumiram uma jurisdição sobre seus semelhantes que não poderão manter sem praticar injustiça ou iniqüidade. O Senhor não colocou a nenhum homem como juiz seja da pena ou da voz, dos obreiros de Deus. TM 294 1 Homens há cujo caráter e vida atestam o fato de que são falsos profetas e enganadores. A estes, não devemos ouvir ou tolerar. Mas aqueles a quem Deus está usando estão sob Sua orientação, e Ele não designou que homens com juízo humano, acanhado, critiquem e condenem, julguem e rejeitem o seu trabalho, porque nem todas as idéias estão de acordo com o que supõem ser a verdade. A falibilidade do juízo humano TM 294 2 Podem os homens tornar-se justamente como os fariseus -- muito ativos para condenar o maior Mestre que o mundo já conheceu. Cristo deu inconfundível evidência de ter sido enviado por Deus, no entanto os governantes judeus assumiram o trabalho que o inimigo os instigara a fazer, e acusaram Aquele que fizera o sábado, e que do sábado era Senhor, de ser um transgressor do sábado. Oh, a insensatez do homem! A fraqueza do homem! TM 294 3 Há hoje os que estão fazendo justamente a mesma coisa. Em seus concílios aventuram-se a pronunciar juízo sobre a obra de Deus; pois se habilitaram a fazer aquilo que o Senhor nunca exigiu que fizessem. Melhor seria que humilhassem o seu coração diante de Deus, e não pusessem a mão na arca de Deus para que a Sua ira não recaia repentinamente sobre eles; pois se é que Deus falou por meu intermédio, testifico que eles, ao criticarem e pronunciarem juízo errôneo, empreenderam uma obra que eu sei não ser correta. São apenas homens finitos, e estando eles mesmos obscurecidos, supõem que os outros homens estejam em erro. TM 294 4 Mas esses homens que presumem julgar aos outros, devem obter uma visão um pouco mais ampla, e dizer: Suponhamos que as declarações de outros não estejam de acordo com as nossas idéias; devemos por isso declará-las heresia? Devemos nós, homens não inspirados, assumir a responsabilidade de fazer pé firme, dizendo: Isso não será impresso? TM 295 1 Se ainda persistirem em se apegar às suas próprias opiniões, verificarão que Deus não lhes apoiará a ação. Assumem a posição de que tudo o que apresentam é infalível? de que não há uma sombra de erro ou de engano em suas produções? Não poderão outros homens que dão justamente a mesma evidência de serem guiados e ensinados por Deus apanhar uma expressão em seu trabalho a qual eles não esposem em todo particular como seus pontos de vista, e ordenar-lhes cancelá-la imediatamente? TM 295 2 Não tem sido suficiente a nossa experiência passada nessas coisas? Não aprenderemos jamais as lições que Deus designou que aprendêssemos? Jamais reconheceremos que a consciência dos homens não está entregue ao nosso comando? Se designastes comissões para fazer a obra que vem prosseguindo por anos em Battle Creek, demiti-as; e lembrai-vos de que Deus, o Deus infinito não colocou homens em qualquer das posições que ocuparam em Mineápolis, e vêm ocupando desde então. Não ser consciência para os nossos semelhantes TM 295 3 Sinto profundamente esta questão de homens serem consciência para os seus semelhantes. Saí do caminho, e deixai que Deus opere em Seus próprios instrumentos. Alguns têm feito uma obra de que Deus lhes pedirá conta. Ele lhes perguntará: Quem exigiu isso de vossas mãos? TM 295 4 Não tenho liberdade de colocar meus escritos nas mãos de homens que julgam que seu trabalho é desempenhar a parte de detetives sobre os seus irmãos. Meus irmãos que estais em posição de confiança, não quereis discernir as vossas próprias deficiências, vestindo vós mesmos toda a armadura da justiça? TM 296 1 Não sereis justamente tão vigilantes e críticos sobre o vosso próprio espírito, temperamento e palavras como sois sobre o dos outros, para que Deus não seja desonrado e Sua verdade mal-representada? Vosso discernimento melhoraria grandemente se assim o fizésseis. A verdade, a Palavra viva, seria como um fogo ateado em vossos ossos, que brilharia com clara e inconfundível nitidez, apresentando Cristo ao mundo. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus." TM 296 2 Não podia nenhum daqueles que se fizeram detetives ver a tendência da posição que haviam assumido ao se esforçarem por se tornar uma força dominadora? Onde estava sua clara visão espiritual? Por que podiam discernir um argueiro no olho de um irmão, enquanto havia uma trave no seu próprio olho? Oh, se jamais um templo na Terra necessitou de purificação, necessitam-no agora as instituições de Battle Creek! Não buscaríeis mui humildemente a Deus, para poderdes dar a mensagem de Laodicéia com elocução clara e distinta? Onde estão os atalaias de Deus que vejam o perigo e dêem a advertência? Tende a certeza de que há mensagens que virão de lábios humanos, sob a inspiração do Espírito Santo. "Clama em alta voz, não te detenhas, ... anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados. Todavia, Me procuram cada dia, ... como um povo que pratica a justiça, e não deixa o direito do seu Deus." TM 296 3 Somos soldados de Cristo. Ele é o Capitão da nossa salvação, e nós estamos sob as Suas ordens e regulamentos. Devemos usar a Sua armadura; devemos apenas ser comandados sob a Sua bandeira. Devemos subjugar, não os nossos irmãos soldados, mas aos nossos inimigos, para que possamos edificar o reino de Cristo. Somos coobreiros de Deus. Devemos conservar toda a armadura de Deus, e trabalhar como quem está à vista do universo celestial. Que cada homem cumpra o seu dever como lhe havendo sido dado por Deus. A necessidade da direção divina TM 297 0 Cristiânia, Noruega, 1 de Outubro de 1885. TM 297 1 Prezado Irmão: _____: Fiquei mais triste do que posso exprimir, ao saber que, sob a vossa instrução, os irmãos _____ e _____ procuraram restringir o trabalho de reunião campal de _____. Não podíeis ter-lhes aconselhado fazer coisa pior e não devíeis ter-lhes posto nas mãos um trabalho que não estavam habilitados a fazer de maneira sábia. Cuidai de como reprimis o avanço do trabalho em qualquer localidade. Já há pouco trabalho sendo feito. E certamente não é conveniente procurar reduzir as atividades nos ramos missionários. TM 297 2 Depois de examinar a questão cuidadosamente e com oração, escrevi o que está escrito em minhas notas de viagem. Desejei deixar a questão de tal forma que não desanimasse os obreiros de _____ no seu esforço de fazer alguma coisa, embora quisesse preveni-los, para que não fizessem qualquer mudança extrema em seus planos. Os obreiros estavam fazendo bem e deveriam ter sido encorajados e aconselhados a prosseguir no trabalho. Há homens em _____ que os deviam ter ajudado aplicando na causa os necessários donativos. Terão de dar à Causa antes que cresçam na graça e no conhecimento da verdade. TM 297 3 Vós e vossos obreiros deveríeis ter olhado para esta questão com pontos de vista diferentes do que o fizestes. Devíeis ter investigado completamente a obra, e perguntado a vós mesmos se cinco mil dólares seriam um débito grande demais em que incorrer, em vista do importante trabalho em que esses obreiros se empenhavam. Vossa influência dever-se-ia ter exercido de tal maneira que fizesse com que o povo visse a importância da obra, e reconhecesse que era seu dever levantar-se nessa emergência. Devíeis ter feito como eu escrevi, em minhas notas de viagem. Mas se os irmãos se sentem na liberdade de parar o trabalho quando não podem ver de onde vem o dinheiro para mantê-lo, então o trabalho não será apenas diminuído em _____ e em _____, mas em todos os outros Estados da União. Se nossos obreiros estão avançando em qualquer lugar, não levanteis uma barreira dizendo: "Até aqui virás e não mais adiante." Entristeço-me por terdes fechado a escola de _____. Vejo que os irmãos enviados para cuidar desse empreendimento, não têm tomado medidas para o avanço da obra solicitando donativos de homens que os podiam dar. Há na Associação homens ricos que se têm queixado da dívida em que se incorreu, e que deveriam ter mantido esses obreiros. Enquanto a reprovação e o desencorajamento são lançados sobre esses obreiros, tem sido deixada nos que têm meios a impressão de que têm o completo direito de pôr em dúvida qualquer empreendimento que exija dinheiro. Quando a supervisão pessoal nos detalhes é inconseqüente TM 298 1 Deus não exige que procedais de maneira que os obreiros de _____ ou de qualquer outro lugar não se sintam na liberdade de fazer movimentos de avanço a menos que vos possam consultar, e perguntar qual será o vosso juízo sobre a questão, antes de avançarem. Não posso sancionar a idéia de que deveis ter a supervisão pessoal de todos os detalhes do trabalho. Se o fizesse, o resultado seria nenhum obreiro ousar exercer seu próprio juízo em coisa alguma. Teriam os obreiros de depender do cérebro de um homem e do juízo de um homem, e o resultado seria serem os homens deixados na deficiência devido a sua inatividade. Há realmente demais dessa classe agora, e eles e nada são quase a mesma coisa. Escrevo isto porque me preocupo profundamente sobre este ponto. Não estamos fazendo nem metade do que deveríamos ter feito. TM 299 1 É verdade que a escola de _____ deve ser mantida, mas isso não nos deve impedir de manter outras escolas. Devemos ter escolas fundamentais em várias localidades para preparar os jovens para as nossas escolas mais adiantadas. Pode parecer-vos ser prudente fechar a escola de _____, mas não posso ver a sabedoria disso. Fechar essa escola parece refletir descrédito sobre tudo o que o povo tem feito, e o desanimará de fazer qualquer outro avanço. Não vejo que tenhais qualquer ganho em proceder do modo como procedestes, nem posso sentir que isso esteja de acordo com a ordem divina. Nada operará senão prejuízo, não somente para os que se têm queixado quanto ao débito, mas também aos obreiros. Os homens que têm propriedade e que poderiam ter ajudado nesse empreendimento, respirarão com maior liberdade. Esses homens cheios de dinheiro serão incentivados, não a dar mais à causa do que o têm feito, mas a dar menos. Sentir-se-ão na liberdade de se queixarem de qualquer coisa que reclame desembolso de meios. A obra não é circunscrita pelo conselho de Deus TM 299 2 Oh, se o Senhor vos pudesse guiar! Nunca deveis em caso algum permitir que os boatos vos levem à ação, e no entanto, algumas vezes o tendes feito. Nunca deis um passo para apertar e circunscrever a obra, a menos que saibais que sois movidos a assim fazer pelo Espírito do Senhor. Nosso povo está trabalhando para as missões estrangeiras, mas há missões na terra natal que igualmente necessitam tanto o seu auxílio como essas missões estrangeiras. Devemos envidar esforços para mostrar ao nosso povo as necessidades da causa de Deus, e para lhes revelar a necessidade de usar meios que Deus lhes confiou para o avanço da obra do Mestre tanto na pátria como no estrangeiro. A menos que os que em _____ podem ajudar sejam despertados ao senso de seu dever, não reconhecerão a operação de Deus quando se fizer ouvir o alto clamor do terceiro anjo. Quando irradiar a luz para iluminar a Terra, em vez de virem em auxílio do Senhor, desejarão cercear Sua obra para atender as suas acanhadas idéias. Permiti-me dizer-vos que o Senhor trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano. Haverá entre nós os que sempre desejarão dominar a obra de Deus, para ditar até que movimentos se farão quando a obra avançar sob a direção do anjo que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo. Deus usará maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas próprias mãos. Surpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele usará para efetuar e aperfeiçoar sua obra de justiça. Aqueles que são considerados bons obreiros, necessitarão apegar-se mais a Deus, necessitarão do toque divino. Precisarão beber de maneira mais profunda e contínua da fonte da água viva, a fim de poderem discernir a obra de Deus em cada ponto. Podem os obreiros cometer enganos, mas vós lhes devíeis dar uma oportunidade de corrigir seus erros, dar-lhes a oportunidade de aprender a acautelar-se deixando a obra em suas mãos. O uso do julgamento individual TM 301 0 Orebro, Suécia, 28 de Outubro de 1885. TM 301 1 Prezados irmãos _____ e _____: Minha oração é que o Senhor possa estar convosco com grande poder durante a vindoura assembléia. Poderão estar ausentes algumas pessoas que poderíeis desejar que estivessem presentes; mas Jesus é o vosso ajudador. Sinceramente espero que os que levam responsabilidades em Michigan, Nova Inglaterra, Ohio, Indiana, e em outros Estados alcancem visões mais amplas do trabalho do que as que têm alcançado, e para isso oro. Espero que Michigan dê um passo adiante. Sinto ter de deplorar o fato de haver tal escassez de largueza de espírito e de capacidade de ver ao longe. Devem os obreiros ser educados e preparados para os campos de labor. Precisamos de missionários em toda a parte. Necessitamos de homens e mulheres que se entreguem sem reserva à obra de Deus, trazendo para Ele muitos filhos e filhas. Deve ser exercido julgamento individual TM 301 2 Tem-me sido mostrado haver uma prática que os que estão em lugares de responsabilidade devem evitar, pois é prejudicial à obra de Deus. Não devem os homens que estão em posição dominar a herança de Deus, e ordenar e comandar tudo que os rodeia. Muitíssimos têm estabelecido determinada linha que desejam que os outros sigam no trabalho. Obreiros têm procurado fazer isso com uma fé cega, sem exercerem seu próprio julgamento no assunto que têm em mão. Se os que foram colocados como diretores não estivessem presentes, teriam seguido justamente da mesma forma sua implícita direção. Mas, em nome de Cristo eu vos suplico que cesseis tal obra. Dai aos homens a oportunidade de exercer individualmente seu julgamento. Os homens que seguem a direção de outro, e permitem que outro pense por eles, não estão preparados para que lhes sejam confiadas responsabilidades. Nossos dirigentes são remissos nessa questão. Deus não tem dado a algumas pessoas especiais todo o poder cerebral que há no mundo. TM 302 1 Os homens que estão em posições de responsabilidade devem creditar a outros algum senso, alguma capacidade de julgamento e previsão; e considerá-los capazes de fazer a obra entregue nas suas mãos. Nossos irmãos da direção têm cometido um grande erro ao indicar todas as orientações que os obreiros devem seguir, e isso tem resultado em deficiência, na falta de um senso de responsabilidade no obreiro, porque eles se têm fiado em que outros farão todos os planos para eles, e eles mesmos não assumem nenhuma responsabilidade. Saíssem de nossas fileiras ou morressem os homens que sobre si têm tomado essa responsabilidade e que estado de coisas se verificaria em nossas instituições! TM 302 2 Devem os dirigentes dar responsabilidades aos outros e permitir-lhes planejar, delinear e pôr em execução, para poderem obter experiência. Dai-lhes uma palavra de conselho, se necessário, mas não tireis o trabalho porque pensais que os irmãos estão cometendo erros. Que Deus Se apiade da causa, quando a mente de um homem e os planos de um homem são seguidos sem questionar. Deus não seria honrado caso existisse um tal estado de coisas. Devem todos os nossos obreiros ter a oportunidade de exercer seu próprio juízo e discrição. Deus tem dado aos homens talentos que Ele quer que usem. Tem-lhes dado uma mente, e tem em vista que se tornem pensadores, e planejem por si mesmos, em vez de dependerem de que outros pensem por eles. TM 302 3 Penso ter-vos apresentado muitas vezes essa questão, mas não vejo mudança em vossas ações. Desejamos que cada homem que está em responsabilidade, dê responsabilidades aos outros. Coloque-os em um trabalho que os obrigue a planejar e usar o julgamento. Não os eduqueis a contar com vosso julgamento. Devem os jovens ser ensinados a pensar. Meus irmãos, nem por um momento penseis que vosso caminho é perfeito, e que aqueles que convosco estão ligados devem ser vossa sombra, devem dar eco às vossas palavras, repetir-vos as idéias e executar os vossos planos. Os efeitos de seguir constantemente aos outros TM 303 1 Homens há que poderiam ser hoje homens de larga visão, sábios, homens em quem se poderia confiar, e que tal não são, por terem sido educados para seguir os planos de outro homem. Têm eles permitido que outros lhes digam precisamente o que devem fazer, e se têm tornado anões no intelecto. Sua mente é acanhada, e não podem compreender as necessidades do trabalho. São simplesmente máquinas movidas pelo pensamento de outro homem. Ora, agora não penseis que esses homens que seguem as vossas idéias são os únicos em que se pode confiar. Tendes às vezes pensado que devido a eles cumprirem a vossa vontade ao pé da letra, eram as únicas pessoas em quem podíeis confiar. Quando qualquer um exercia seu próprio juízo, e de vós divergia, vós vos desligastes dele como alguém em quem não se podia confiar. Retirai vossa mão do trabalho, e não o conserveis seguro em vossas garras. Não sois o único homem que Deus usará. Dai ao Senhor oportunidade de usar os talentos que Ele confiou aos homens, para que a causa possa crescer. Dai lugar para o Senhor usar a mente dos homens. Muito estamos perdendo devido às nossas idéias e planos acanhados. Não obstruais o caminho do avanço da obra; mas deixai que o Senhor opere por intermédio daquele que Ele quiser. Educai, incentivai os mais novos a pensar e agir, a imaginar e planejar, para que possamos ter uma multidão de conselheiros. TM 304 1 Como me dói o coração ao ver presidentes de Associações darem-se ao trabalho de escolher aqueles que eles julgam poderem amoldar para com eles trabalhar no campo! Pegam os que deles não divergirão, que agirão como meras máquinas. Nenhum presidente tem qualquer direito de fazer isso. Deixai que os outros planejem; e se em algumas coisas falharem, não tomeis isso como evidência de que não estão habilitados para pensar. Os nossos homens de maior responsabilidade tiveram de aprender por uma longa disciplina a usar seu discernimento. Em muitas coisas têm eles mostrado que sua obra devia ter sido melhor. O fato de os homens cometerem erros, não é razão para pensarmos que não estão habilitados para assumir responsabilidades. Os que pensam que suas maneiras são perfeitas, mesmo agora cometem graves desatinos, e nem por isso os outros ficam mais sábios. Apresentam eles o seu êxito, mas os seus erros não aparecem. Então sede bondosos e atenciosos para com todo o homem que conscienciosamente entra no campo como obreiro do Mestre. Nossos homens de maior responsabilidade têm elaborado alguns planos insensatos e os têm levado a cabo por julgarem serem os seus planos perfeitos. Têm necessitado da união de outros elementos do espírito e do caráter. Deveriam ter-se associado com outros homens que pudessem ver as coisas de um ponto de vista inteiramente diferente. Assim eles os teriam ajudado em seus planos. ... Que loucura é confiar uma grande missão às mãos de um único homem, de modo que ele a amolde e forme de acordo com o seu entendimento, e segundo a sua própria imaginação doentia! Homens que têm sido tacanhos, que têm servido às mesas, que não enxergam ao longe, estão desqualificados para dar seu molde à obra. Os que desejam governar a obra julgam que ninguém pode fazê-lo perfeitamente senão eles mesmos, e a causa traz as marcas de seus defeitos. ------------------------Capítulo 12 -- Meios e métodos Um dízimo fiel TM 305 0 Cooranbong, Austrália, 10 de Setembro de 1896. TM 305 1 Muitos presidentes de Associações do Estado não cuidam daquilo que é seu trabalho -- ver que os anciãos e diáconos das igrejas nelas realizem seu trabalho, cuidando de que um fiel dízimo seja trazido para o tesouro. Malaquias especificou que a condição de prosperidade depende de levar à tesouraria do Senhor aquilo que é Seu. Esse princípio precisa ser freqüentemente apresentado aos homens relaxados em seu dever para com Deus, e que são negligentes e descuidados em levar-Lhe seus dízimos, dádivas e ofertas. "Roubará o homem a Deus?" "Em que Te roubamos?" é a pergunta feita pelos mordomos infiéis. A resposta vem clara e positiva: "Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos exércitos, se Eu vos não abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." Por favor, lede todo este capítulo e vede se poderiam ser proferidas palavras mais claras e positivas que estas. São tão positivas que nenhum dos que desejam compreender todo o seu dever para com Deus necessita cometer qualquer equívoco nesta questão. Se homens apresentam qualquer desculpa quanto ao motivo de não cumprirem esse dever, é porque são egoístas e não têm nem o amor nem o temor de Deus em seu coração. Não há desculpa para negligência na devolução dos dízimos TM 306 1 O Senhor sempre exigiu essa resposta em Seus arranjos para levar avante Sua obra em nosso mundo. Ele nunca mudou os planos que Ele próprio ideou. Reivindica tudo como Seu, e do que foi confiado ao homem, reclama Sua porção. "Porque Eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos Meus estatutos, e não os guardastes: Tornai vós para Mim, e Eu tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos." TM 306 2 Os que alegam não poderem compreender esta clara e decisiva declaração -- que, se forem obedientes, para eles tanto significa, em bênçãos que serão recebidas, quando até mesmo as janelas dos Céus se abrirão e as bênçãos serão derramadas até extravasar -- não são honestos diante de Deus. Sua desculpa de que não conhecem a vontade de Deus, nada lhes adiantará no grande dia do Juízo. Todos devem cumprir o seu dever TM 306 3 Sejam agora trazidos os dízimos que foram negligenciados. Que o novo ano se abra para vós na qualidade de homens honestos em vossas relações para com Deus. Os que têm retido o dízimo, entreguem-no antes de terminar o ano de 1896, para que estejam com as contas endireitadas com Deus, e nunca, nunca mais corram o risco de serem por Ele amaldiçoados. Presidentes de Associações, cumpri vosso dever; não profirais vossas próprias palavras, mas um simples: "Assim diz o Senhor." Anciãos de igrejas, cumpri vosso dever. Trabalhai de casa em casa a fim de que o rebanho de Deus não seja remisso neste magno assunto, o qual envolve tão grande bênção ou maldição. TM 307 1 Que todos os que temem a Deus ajudem o Senhor e mostrem-se fiéis mordomos. A verdade deve ir a todas as partes do mundo. Foi-me mostrado que muitas de nossas igrejas estão roubando a Deus nos dízimos e nas ofertas. Deus sobre eles executará justamente o que declarou. Ao obediente, dará ricas bênçãos; ao transgressor, maldição. Todo o homem que comunica a mensagem da verdade às nossas igrejas, deve cumprir o seu dever advertindo, educando, censurando. Toda negligência do dever que é um roubo para com Deus, significa maldição sobre o delinqüente. TM 307 2 Não terá o Senhor por inocente os que são deficientes na realização do trabalho que Ele requer de suas mãos -- cuidar de que a igreja seja conservada sã e sadia espiritualmente, e cumprir todo o seu dever no sentido de não permitir negligência que traga a ameaçada maldição sobre o Seu povo. Sobre todo aquele que de Deus retém o seu dízimo, uma maldição é pronunciada. Diz Ele: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa." TM 307 3 Não é este um pedido do homem; é uma das ordenanças de Deus, pela qual Sua obra pode ser mantida e levada avante no mundo. Deus nos ajude a arrepender-nos. "Tornai para Mim", diz Ele, "e Eu tornarei para vós." Os homens que desejam cumprir o seu dever, têm-no declarado em linhas bem claras neste capítulo. Ninguém se pode escusar de dar seus dízimos e ofertas ao Senhor. TM 307 4 O Senhor abundantemente nos concede os Seus dons. Ele "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Toda a bênção que temos vem por intermédio de Jesus Cristo. Então não nos levantaremos nós, e cumpriremos o nosso dever para com Deus, de quem dependemos quanto à vida e à saúde, quanto às Suas bênçãos sobre nossas searas e campos, nosso gado, nossos rebanhos e nossas vinhas? É-nos assegurado que se dermos ao tesouro do Senhor, dEle receberemos novamente; mas se retivermos nossos meios, Ele reterá de nós as Suas bênçãos, e dará maldição ao infiel. TM 308 1 Deus disse: "Fazei prova de Mim, se Eu não vos abrir as janelas dos Céus, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." Que maravilhosa apresentação de bênçãos prometidas nos dá Ele! Quem poderá aventurar-se a roubar a Deus nos dízimos e nas ofertas com uma promessa como essa! "E por causa de vós repreenderei o devorador para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos." TM 308 2 Outro ano quase passou para a eternidade, com seu fardo de registros. Passemos em revista o ano findo e se voluntariamente, de coração, não tivermos cumprido todo o nosso dever para com o Senhor, aproximemo-nos do novo ano, fazendo um fiel registro para nosso Deus. Instrução prática no trabalho TM 309 0 Cooranbong, Austrália, 14 de Junho de 1896. TM 309 1 Prezados irmão e irmã _____: Na noite da última sexta-feira, estava eu conversando convosco, dizendo-vos algo com relação a vossos métodos de trabalho. O Vigia celeste ficou ao nosso lado, e eu gostaria de poder escrever cada palavra que Ele pronunciou; mas temo não o poder fazer. Dissestes: "Gostaria de saber algo com relação ao meu dever. De qualquer maneira não me sinto satisfeito com o resultado de meu trabalho." Ouviu-se então a voz do que estava ao nosso lado, dizendo: "Tende fé em Deus; aprendei de Cristo Jesus. Quando manejardes as sagradas verdades da Palavra de Deus, conservai a Cristo exaltado. Vossa grande necessidade é aprender a maneira de Cristo ensinar. Quando estiverdes ensinando ao povo, apresentai apenas alguns pontos vitais, e conservai vossa mente concentrada nesses pontos. Trazeis idéias sem importância para vossos discursos. Nem sempre são elas um cheiro de vida para a vida e não têm verdadeira ligação com vosso texto. Desviando-vos da linha reta, e trazendo aquilo que afasta a mente do assunto, enfraqueceis tudo o que previamente dissestes." Apresentação desconexa da verdade TM 309 2 Deus não quer que penseis que sois impressionados por Seu Espírito quando fugis de vosso assunto, apresentando questões estranhas destinadas a ser uma reprovação, e que não deviam ser mencionadas em ligação com as palavras da verdade solene e sagrada. Assim fazendo, perdeis o rumo, e enfraqueceis o efeito do que é proveitoso para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça. Tendes tornado de nenhum efeito muitas idéias preciosas, misturando-as com outros pensamentos que vos têm vindo à mente, mas que nenhuma relação tinham com o assunto. Aquilo que está longe do assunto em consideração, não deve achar lugar em vossos sermões. TM 310 1 Há neste mundo corações que estão clamando em alta voz pelo Deus vivo. Mas a indefesa natureza humana tem sido alimentada com alimento insípido; discursos que desagradam as almas famintas e que morrem à míngua, têm sido feitos nas igrejas. Nesses discursos não há aquela manifestação divina que toca o espírito e dá calor à alma; não podem os ouvintes dizer: "Não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho nos falava, e quando nos abria as Escrituras?" Abundante palha tem sido dada ao povo, mas isso não despertará o transgressor ou convencerá almas do pecado. As almas que vêm ouvir necessitam de uma apresentação clara e direta da verdade. Os que têm provado a Palavra de Deus, muito se têm demorado numa atmosfera em que não há Deus, e almejam a divina presença. TM 310 2 Cingi os lombos do vosso espírito, para que possais apresentar aceitavelmente a Palavra de Deus. Pregai a verdade em sua simplicidade, mas sejam curtos os vossos sermões. Atende-vos decididamente a alguns pontos importantes. Reconhecei cada momento que deveis ter a presença do Espírito Santo; pois Ele poderá fazer uma obra que por vós mesmos não podeis fazer. Se tiverdes na mente qualquer fardo de caráter desagradável, libertai-vos dele pelo trabalho pessoal ou pela oração fervorosa antes de vos apresentardes diante do povo. Instai ardorosamente com Deus para que vos remova esse fardo da mente. Atende-vos decididamente a alguns pontos. Dai ao povo trigo puro, completamente liberto de toda a palha. Não permitais que vossos sermões abranjam tanto que se veja fraqueza em vez de sólido argumento. Apresentai a verdade como esta é em Jesus, para que os que ouvem possam receber a melhor das impressões. O mal dos sermões compridos TM 311 1 Falai pouco. Vossos discursos geralmente têm o dobro do que deviam ter. É possível lidar com uma boa coisa de tal maneira que ela perca seu sabor. Quando um discurso é longo demais, a última parte da pregação diminui a força e o interesse do que a precedeu. Não divagueis, mas ide diretamente ao ponto. Dai ao povo o próprio maná do Céu e o Espírito testificará com vosso espírito que não sois vós que falais, mas que o Espírito Santo fala por vosso intermédio. O ensinador da Palavra de Deus deve primeiro falar com Deus, e então pode ficar diante do povo com o Espírito Santo a trabalhar em sua mente. Se ele fielmente coopera com Cristo, cumprir-se-á a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias." TM 311 2 Cuidai para que nunca venhais a perder o senso da presença do Vigia divino. Lembrai-vos de que não estais apenas falando a uma assembléia sem iluminação, mas a Alguém a quem sempre deveis reconhecer. Falai como se todo o universo celestial estivesse diante de vós, bem como o grupo faminto e enfraquecido das ovelhas e cordeiros de Deus, que devem ser alimentados. Pregai a palavra TM 311 3 Os que pretendem pregar a Palavra, devem pregar a Palavra, lembrando-se sempre de que são colaboradores de Deus. Ele é a sua eficiência, e se Lhe for dada a oportunidade, por eles operará. Se forem humildes, se não confiarem na sua suposta sabedoria e habilidade, Deus lhes colocará argumentos na mente e falará por seus lábios. Também impressionará a mente dos ouvintes, preparando-lhes o coração para receber a semente que é semeada. TM 312 1 Meu irmão, deve ser feito por vós um trabalho diário pelo poder de Deus, ou então, em vez do Espírito Santo estará ao vosso lado o inimigo de Deus e do homem. Sob sua influência aparecerão fraquezas no trabalho. Os pontos mais preciosos da fé relativos à salvação da alma, serão maculados e mutilados em vossas mãos. TM 312 2 A menos que mudeis vossa maneira de trabalhar, dareis uma educação deficiente àqueles que convosco se associam no trabalho! Que o vosso coração lute e se quebrante no anelo que tem de Deus, o Deus vivo. Não deixeis que coisa alguma vos desvie a mente da obra de Deus para questões sem importância. Com todas as energias que Deus vos deu, trabalhai ardorosamente com oração, apelando à igreja para que coopere convosco. Não ponhais a confiança em vós mesmos, mas descansai na certeza de que Deus é o Obreiro-chefe. Sois apenas Seus servos, e vosso trabalho é repetir Suas palavras. "Somos cooperadores de Deus." A negação do eu TM 312 3 Não tomeis para vós glória alguma seja ela qual for. Não trabalheis com coração dividido, procurando servir ao eu e a Deus ao mesmo tempo. Conservai o eu fora de vista. Façam vossas palavras com que o cansado e sobrecarregado leve a Jesus os seus fardos. Trabalhai como quem vê Aquele que está à vossa mão direita, pronto para dar-vos Sua eficiência e onipotente poder em qualquer emergência. TM 312 4 O Senhor é o vosso Conselheiro, vosso Guia, o Capitão da vossa salvação. Vai Ele adiante da vossa face, vencendo e para vencer. Dedicai-vos a Ele, de corpo e alma, banindo toda a condescendência própria. Negai o eu; tomai vossa cruz e trabalhai fervorosamente pelo Mestre. Não gasteis desnecessariamente vossa força fazendo longos discursos. Isto desgasta a vitalidade, de modo que insuficiente energia é deixada para dedicar à parte mais importante do trabalho: O ministério de casa em casa. A obra de um evangelista TM 313 1 Ensinar as Escrituras, orar com as famílias -- esta é a obra do evangelista, e essa obra deve ser amalgamada com vossa pregação. Caso seja ela omitida, tornar-se-á a pregação, em grande parte, um fracasso. Deveis ser ciosos de vós mesmos. Vós e vossa esposa precisais achegar-vos bem perto do povo, pelo trabalho pessoal. Ensinai-lhes que o amor de Deus deve penetrar no santuário íntimo da vida no lar. Se assim o desejardes, podereis ter o poder interior do Espírito Santo para vos ajudar no trabalho. TM 313 2 Estamos levando a última mensagem de misericórdia a um mundo que perece, e Deus a nós apela para que ponhamos frescura e poder em nosso trabalho. Só o poderemos fazer com o auxílio do Espírito Santo. Devem as tendências hereditárias dos maus hábitos ser disciplinadas e freqüentemente crucificadas. Humilhai-vos debaixo da mão de Deus; pois vossos caminhos não são os Seus caminhos, e vós ambos muito tendes a aprender na escola de Cristo. TM 313 3 Na noite passada vos foram dadas estas palavras de instrução: "Aconselhai-vos com vossos irmãos. Vossos planos necessitam da cuidadosa consideração de outras mentes." Advertências têm sido feitas quanto a depender de homens e confiar na sua sabedoria. O tentador projeta desviar os homens persuadindo-os a deixar de olhar para Jesus em busca de força e eficiência, e a fazer da carne o seu braço. Isso ele tem feito em muitos casos. Satanás tem posto sua armadilha para pegar homens e ganhá-los para o seu lado, procurando prevalecer sobre eles no sentido de confiarem em seus companheiros finitos e sujeitos ao erro. O perigo especial dos extremos TM 314 1 Mas quando se faz uma reprovação sobre este ponto, toma o inimigo o conselho dado e o apresenta numa luz tão pervertida que os que desejam seguir seu próprio juízo julgam-se na liberdade de planejar e idear importantes medidas sem buscarem o conselho de seus irmãos. Assim novo erro se esforça por ser aceito. Os homens vão a um extremo numa direção, e, uma vez corrigidos, vão ao outro extremo, em direção oposta. TM 314 2 Correreis o perigo de cometer erros se agirdes em vossa suposta sabedoria. Necessitais de conselho. Não tendes eficiência em todas as espécies de trabalho, e não devíeis começar a trabalhar em lugares importantes se houver o perigo de pordes um fundamento que não podeis completar. A luz deve ser expressamente dada por Deus, e o dever deve estar claro e inconfundível, antes de um ou dois homens entrarem em campos novos e importantes. Precisais buscar o conselho de vossos irmãos, pois há o perigo de que venhais a correr depressa demais ao delinear planos e métodos. TM 314 3 Palavras que nunca deveriam ter sido pronunciadas têm-vos sido faladas com relação aos vossos irmãos. A incompreensão existente em outras mentes tem-vos sido comunicada, e vosso espírito tem sido levado numa cadeia de pensamentos especulativos que nem é segura nem correta. Conservai-vos vigilantes quanto aos vossos pensamentos. Guardai bem de perto os impulsos de vossa mente e de vosso coração. Têm sido pronunciadas palavras que vos têm levado a depositar mais confiança em vossos próprios planos e métodos do que é correto. Escapam de vossos lábios palavras espontâneas e não sancionadas por Deus. Cuidai, não aconteça que, quando vier o tempo em que vos possais demonstrar amigo e preencher o lugar de amigo dando um bom conselho, não estejais preparados. A importância de buscar o conselho dos irmãos TM 315 1 Não deveis andar independentes de todo o conselho. É vosso dever buscar o conselho dos irmãos. Pode isso ferir o vosso orgulho, mas a humildade de uma mente ensinada pelo Espírito Santo levará a ouvir o conselho, e banirá toda a confiança própria. Ao ser dado um conselho que entre em conflito com os vossos desejos pessoais, não deveis pensar que vossa própria sabedoria é suficiente para dardes conselhos aos outros, ou que podeis negligenciar o conselho dado. TM 315 2 Seja onde for que possais trabalhar, há necessidade de que unais vossos esforços aos de outros obreiros eficientes. Não sois um todo completo; não podereis com êxito completar por vós mesmo uma série de conferências, mas podereis fazer vossa parte com os outros obreiros. Pode ser que isso vos seja humilhante; mas não devia ser, pois Deus deu uma variedade de dons, e deseja que esses dons se unam em perfeita harmonia. TM 315 3 Precisais reconhecer o perigo de ver as coisas do vosso próprio ponto de vista e com os vossos próprios olhos do discernimento. Seria bom declarardes francamente vossos planos aos irmãos, para que possais saber como estes lhes parecem quando observados do seu ponto de vista, pois podem as circunstâncias impressionar-vos tão vividamente o espírito que vos seja impossível fazer um juízo completo, sob todos os ângulos. Sejam os vossos planos bem investigados; e com oração sincera entregai vosso caso Àquele que conhece todas as coisas. Fazei planos juntos. Não permitais que os sussurros de vossa própria mente ou de mentes alheias fechem a porta de vosso coração aos conselhos dos servos do Senhor. TM 315 4 9 de Agosto de 1896. Eu vos escrevi isto porque é uma questão séria, que envolve sérias conseqüências, e que afetará o trabalho futuro em outras localidades. O irmão _____ não necessita de vossas palavras lisonjeiras; pois ele tem plena apreciação de suas próprias habilidades, e faz com que estas apareçam amesquinhando os outros. Não reconhece ele que está procurando ser o primeiro. Não está preparado para tomar sobre si as responsabilidades de um ministro do evangelho, pois necessita de um espírito humilde e contrito. Precisa ele continuar a dar estudos bíblicos e quando seus irmãos virem que está habilitado para se tornar um pregador do evangelho, isso se tornará manifesto. Precisais ter cuidado. A obra de colportagem TM 316 1 Não posso ver por que não poderá ser a obra de colportagem um trabalho tão bom e de êxito como qualquer que possa ser feito para o Senhor. Os colportores podem familiarizar-se com o povo, com ele podem orar, e podem compreender-lhe as verdadeiras necessidades. Pela luz que Deus me deu, muita responsabilidade repousa sobre os colportores. Devem ir para o trabalho preparados para explicar as Escrituras, e nada deve ser dito ou feito para lhes atar as mãos. Se no Senhor puserem sua confiança, ao viajarem de um lugar para outro, os anjos de Deus os rodearão, dando-lhes palavras que levarão luz, esperança e coragem a muitas almas. Não fosse o trabalho do colportor, e muitos nunca ouviriam a verdade. TM 316 2 Deve o colportor levar consigo livros, pequenas brochuras e folhetos para distribuir aos que dele não podem comprar livros. Dessa maneira pode a verdade ser introduzida em muitos lares. TM 316 3 De todos os dons que Deus tem dado ao homem, nenhum é mais nobre nem é maior bênção que o dom da fala, caso seja santificado pelo Espírito Santo. É com a língua que convencemos e persuadimos; com ela elevamos uma oração e oferecemos louvor a Deus; transmitimos belos pensamentos sobre o amor do Redentor. Por esse trabalho, pode o colportor espalhar as sementes da verdade fazendo com que a luz brilhe em muitos corações. Não amesquinha o ministro do evangelho TM 317 1 Sinceramente espero que nenhum espírito tenha a impressão de que colportar rebaixa o ministro do evangelho. Ouvi o testemunho do apóstolo S. Paulo: "Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós, servindo ao Senhor com toda a humildade e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." O eloqüente Paulo, a quem Deus Se manifestou de maneira maravilhosa, ia de casa em casa, com toda a humildade de espírito, e com muitas lágrimas e tentações. Um ministério muito precioso TM 317 2 Foi-me mostrado que, colportando, pode-se exercer um ministério muito precioso, e isto pelos ministros. Fazendo esse trabalho, obterão uma experiência variada, e estarão realizando o mesmo trabalho que o apóstolo Paulo fez. Copio uma citação de um apelo feito aos nossos irmãos sobre colportar com nossos periódicos e livros: "A obra da colportagem é importante campo de trabalho; e o colportor inteligente, temente a Deus, e, amante da verdade, ocupa uma posição igual à do ministro do evangelho. Então deve o colportor, mais do que o ministro ordenado, sentir-se na liberdade de agir por motivos egoístas? Deve ele ser infiel a todos os princípios do trabalho missionário, e vender apenas os livros que são mais baratos e fáceis de lidar, negligenciando colocar diante do povo os livros que darão mais luz, porque, assim fazendo pode ganhar para si mesmo mais dinheiro? A obra da colportagem é um trabalho missionário, e o campo deve ser trabalhado do ponto de vista missionário. Princípios egoístas, o amor à dignidade e à posição, nenhuma vez se deviam nomear entre nós. O pensamento de procurar tornar-se o maior nunca deve subir à nossa mente." TM 318 1 Tampouco é alvo da pregação divertir. Alguns ministros têm adotado um estilo de pregação que não exerce a melhor influência. Tem-se tornado hábito seu entremear anedotas em seus discursos. A impressão assim exercida sobre os ouvintes não é um cheiro de vida para vida. Não devem os ministros introduzir histórias divertidas em sua pregação. O povo precisa de ração pura, completamente limpa da palha. "Pregai a Palavra", foi a recomendação que Paulo deu a Timóteo, e esta é também a nossa comissão. O ministro que mistura o contar anedotas com seus sermões, está usando fogo estranho. Deus é ofendido, e desonrada a causa da verdade, quando os Seus representantes descem ao uso das palavras banais, frívolas. -- The Review and Herald, 22 de Dezembro de 1904. ------------------------Capítulo 13 -- Oficiais da associação Conselho e orientação TM 319 0 Cooranbong, Austrália, 13 de Março de 1896. TM 319 1 Escutei durante a noite a Alguém que falava com autoridade. Eram proferidas palavras de conselho com relação às responsabilidades que devem ser levadas na sagrada obra de Deus. Disse o Mestre: Não deve haver trabalho casual. Muito disso já se tem feito. Homens têm assumido autoridade, mas o povo não deve depender de pobres homens, finitos e sujeitos ao erro. Devem pôr toda a sua confiança na sabedoria que encontra sua força na sabedoria de Deus. A incoerência de centralizar tantas responsabilidades em Battle Creek tem sido apresentada muitas vezes, mas os conselhos não têm sido postos em prática. As reprovações e advertências do Senhor têm sido evitadas, interpretadas e anuladas pelos artifícios humanos. Tem havido um trabalho contra Deus, sendo aceito o julgamento do homem. TM 319 2 Em Battle Creek, e em outros lugares, edifício tem sido acrescentado a edifício, por amor a uma ostensiva demonstração. Supõem os homens que isso daria dignidade à obra. Seu próprio caráter precisava da graça transformadora de Cristo que os habilitará a representá-Lo. Só isso é suficiente para dar dignidade à obra. Coisa alguma pode ser feita sem a Sua graça. TM 319 3 O Senhor permite que se levantem impedimentos, a fim de que Sua sabedoria e poder possam ser buscados com humildade, fervor e perseverança, e se manifestem distintamente. Coisa alguma separará a alma de Deus de maneira tão rápida e decidida, trazendo a derrota, como elevar o homem em sua alma a vaidade e falar orgulhosa e ostensivamente, e de maneira imperiosa aos seus semelhantes, que são a propriedade de Deus. Não sois de vós mesmos; fostes comprados por preço, a saber, o precioso sangue do Filho de Deus. Só o Senhor deve ser exaltado. Conserve-se cada agente humano em seu lugar, e não procure ficar no lugar em que Deus devia estar. Já tem havido muita confiança no homem. TM 320 1 Tendes evidência, em Battle Creek, de que os homens que mais têm a dizer não estão andando com Deus. Há abundante atividade, mas não são muitos os que estão andando em associação com Cristo; e os que andam e trabalham separados dEle, têm sido os mais ativos em planejar e inaugurar seus métodos. Se tivessem aquela sabedoria que vem da Fonte de toda a sabedoria, agiriam consideradamente, e estudariam com maior fervor a relação da causa para o efeito. Discerniriam que umas poucas mentes em Battle Creek não devem ser a força a manejar tudo que está em ligação com a nossa obra. TM 320 2 Devem as Associações estaduais ter à sua frente homens que amam e temem a Deus -- homens capazes, que aprendam na escola de Cristo a ser coobreiros Seus, a levar o Seu jugo sobre si, e a levantar os Seus fardos. Devem ser companheiros de Cristo na sagrada tarefa de salvar almas. Todos os membros da igreja devem trabalhar interessada e zelosamente, não se esforçando, como muitos têm feito, para ver quem será o maior, e como conseguir os maiores salários, mas se esforçando para ganhar almas para Cristo, o que significa fazer parte da firma em sociedade com Cristo. Procurem todos fazer o melhor possível. TM 320 3 Foi-me apresentada a questão, que eu procurava apresentar aos irmãos. Já há demasia da responsabilidade colocada sobre poucos homens em Battle Creek, e esses homens necessitam do poder transformador do Espírito Santo, doutro modo conduzirão a herança de Deus por falsas veredas. As associações estão observando todo o movimento feito no centro da obra. As diferentes associações têm sido levadas a voltar-se para os homens que estão na direção em Battle Creek, julgando que nenhum movimento importante pode ser feito sem sua aprovação. Essa tendência, tem-se tornado cada vez mais forte, até se fazer um sério obstáculo ao avanço da obra. Tal arranjo nunca devia ser feito. O Senhor quer que o Seu povo esteja sob Sua jurisdição. Devem olhar para Deus, dEle inquirindo com fé e prosseguindo em conhecer a operação de Sua providência. TM 321 1 O arranjo de que todo o dinheiro deve passar por Battle Creek e sob o controle de poucos homens daquele lugar, é uma maneira errônea de administrar. Há pesadas responsabilidades em demasia sobre uns poucos homens, e alguns não fazem de Deus o seu Conselheiro. Que sabem esses homens das necessidades da obra em campos estrangeiros? De que modo poderão saber como decidir as perguntas que lhes vêm, pedindo informação? Seriam necessários três meses para os que estão em campos estrangeiros receberem a resposta de suas perguntas, mesmo que não houvesse demora em escrever. TM 321 2 Em cada país, deve um homem ser escolhido para trabalhar no interesse geral da causa. Não precisa ele ser um pregador, nem deve ser um político. Não deve ser egoísta, antes um homem que ame, honre e tema ao seu Deus. Todo o seu tempo deve ser dedicado à obra. Deve trabalhar desinteressadamente e no temor de Deus. Seja ele o agente geral nesse país, e esteja ligado com um conselho composto dos melhores homens, para que se possam aconselhar e atender ao trabalho realizado dentro dos seus limites. TM 322 1 Deve haver homens aptos para fazer o mesmo nos diferentes Estados da América. Cuidado na seleção TM 322 2 Os homens que atuam como presidentes de associações do Estado, devem ser cuidadosamente escolhidos. Então deixai que esses homens levem as responsabilidades da associação da maneira mais completa, sincera, e temente a Deus. Se não estiverem habilitados a fazer a obra de maneira perfeita e com êxito, não os conserveis nessa posição. TM 322 3 Uma grande quantidade de questões é posta diante da Associação Geral; toda a dificuldade é levada para Battle Creek. Isso torna os presidentes das associações de Estado muito irresponsáveis. Muitos não estão crescendo na aptidão e no juízo. Procedem erradamente, quando deveriam ter suficiente experiência avançada que os habilitasse a agir corretamente, por buscarem o conselho de Deus. Como presidentes de suas várias associações, devem reconhecer que precisam ser fiéis nas posições de confiança. Devem essas associações ser para eles uma escola, em que revelem a habilidade de administrar. Precisam aprender, aprender, e educar, educar. Devem fazer trabalho firme e piedoso, ligando-o bem para que não se venha a desfazer. Imparcial e desinteressado TM 323 4 Aquele que é escolhido como presidente da Associação Geral deve, no temor de Deus, permanecer em sua sorte e em seu lugar, sem parcialidade e com abnegados interesses. Deve ser mordomo fiel. Deve ser um sacerdote e sábio governante de sua própria casa. Deve tornar manifesto que compreende o trabalho de governar sabiamente a sua própria família, e no temor de Deus. Se isso for negligenciado, levará ele consigo seus defeitos para sua obra. Se qualquer homem der evidências de que o amor e temor de Deus está longe do centro de seu ser, de modo que a verdade não lhe domine a vida prática, enquanto as coisas mundanas se tornam tudo e em tudo, não é ele o homem nem para ancião local. TM 323 1 Pede-se conselho aos que estão em Battle Creek acerca de questões que muito bem poderiam ser resolvidas pelos homens do lugar, se estes buscassem a Deus, e que deveriam ter sido realizadas dentro de seus próprios limites. O Senhor declara que está perto de todo o que O invoca com coração sincero. Cristo disse: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Essa promessa se torna dupla e triplicadamente certa. Em Deus não há falta. Homens que são presidentes de associações são hoje menos eficientes, fortes e hábeis, do que deveriam ser, devido a colocarem ao homem onde Deus deve estar, e recebem apenas aquilo que o homem lhes pode dar. Buscai o conselho de Deus TM 323 2 Presidentes de associações, sereis sábios se decidirdes ir a Deus. Crede nEle. Ele ouvirá as vossas orações e virá em vosso auxílio, em muito menos tempo do que os transportes públicos poderiam levar um, dois, três ou quatro homens de uma grande distância, e com grande dispêndio, para decidir questões que o Deus da sabedoria de maneira muito melhor pode decidir para vós. Ele prometeu: "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Se sinceramente humilhardes vosso coração diante dEle, esvaziando vossa alma do amor-próprio, removendo os defeitos naturais de vosso caráter e vencerdes vosso amor à supremacia, indo a Deus como uma criancinha, conceder-vos-á Ele o Seu santo Espírito. Quando dois ou três concordarem em fazer qualquer coisa, e no nome de Jesus pedirem ao Senhor, ser-lhes-á feito. TM 324 1 Quando é considerado conveniente investir meios em prédios escolares, sanatórios ou em lares para os pobres de qualquer país, a fim de ali estabelecer a obra, quer o Senhor que os que moram nessa localidade andem humildemente diante dEle, e demonstrem reconhecer sua dependência pessoal dEle, e que crêem em Sua boa vontade de ajudá-los a planejar, idear, a fazer arranjos inteligentes para o Seu trabalho. Está Ele tão disposto a dar sabedoria aos que sentem o valor da graça divina, como a dar sabedoria a qualquer outro espírito, que então, com grandes despesas, vos comunique a mesma coisa. Onde está vossa fé? Afastar-se-ão os homens do Deus da sabedoria para procurá-la entre os homens finitos, mandando buscar homens a longa distância para que venham ajudá-los a sair das perplexidades? Como considera isto o Senhor? TM 324 2 Pode cada pessoa manter a idéia de que crê em Deus. Trabalhais numa parte de Sua grande vinha moral, e Ele vos disse que se qualquer homem tiver falta de sabedoria, deve pedi-la a Deus, que a todos dá liberalmente, e não lança em rosto. Este mundo é apenas pequenino átomo no vasto domínio sobre o qual Deus preside, e no entanto esse pequeno mundo caído é mais precioso às Suas vistas que os noventa e nove que não se desviaram do aprisco. Se nEle pusermos a nossa confiança, não deixará Ele que nos tornemos o joguete das tentações de Satanás. Deus quer que cada alma por quem Cristo morreu se torne uma parte da vinha, ligada com o tronco original, e dela extraia a nutrição. Nossa dependência de Deus é absoluta, e nos deve conservar bem humildes; e, por causa de nossa dependência dEle, nosso conhecimento dEle será grandemente aumentado. Deus quer que removamos toda espécie de egoísmo, e a Ele nos acheguemos, não como donos de nós mesmos, mas como uma possessão adquirida do Senhor. Um bem-sucedido homem de negócios TM 325 1 Daniel buscava ao Senhor três vezes ao dia, numa oração sincera por sabedoria, força e coragem para levar avante a empresa de representar na ímpia Babilônia o único e verdadeiro Deus. Freqüentemente ficareis perplexos procurando saber o que virá depois; mas não tomeis a caneta e papel e escrevais vossas perplexidades para Battle Creek. Pode haver divergência sobre alguns pontos, mas vosso Conselheiro está perto. Prostrai-vos diante dEle, e Lhe dizei tudo de que necessitais. Podem os homens de Battle Creek dar-vos luz? Eles não podem compreender a vossa necessidade. Visto não estarem no local, podem dizer "Não" a algumas coisas quando, se tivésseis pedido a Deus, Ele teria respondido: "Ide adiante, e Eu estarei convosco e vos darei graça." TM 325 2 Por muitos anos tem sido dada ao povo uma educação que coloca Deus em segundo lugar e o homem em primeiro. Tem-se ensinado ao povo que cada coisa deve ser levada diante do concílio de poucos homens em Battle Creek. Tem-vos Deus dado a oportunidade de ver as fraquezas de homens finitos. Não haverá homens nos vários Estados da América que andem corretamente à vista de Deus? TM 325 3 Não estão registrados nos livros do Céu os nomes dos que amam e servem a Deus? Não poderão eles planejar? Têm-se dado aos que estão em Battle Creek um raciocínio e sabedoria superiores que Deus não dará aos que estão nas igrejas das associações de Estado? "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto e ser-lhe-á dada." TM 326 1 Reconheceriam as igrejas cem vezes mais as obras do Espírito Santo, se os ministros a todos educassem a ter em mente que têm um Deus que está bem próximo, não bem distante, e que podem honrar a Deus, procurando-O em busca de auxílio e sabedoria justamente onde estão. Então terão eles uma capacidade que fortalecerá a Associação Geral. TM 326 2 Em todo lugar há talento, mas nem sempre é reconhecido. Esse talento deve ser discernido e posto em ação. Sob a operação do Espírito de Deus o talento crescerá ao ser usado. Mas Deus é grandemente desonrado quando os homens são colocados na posição em que Ele deve estar. Somente Ele pode dar conselho acertado. TM 326 3 Têm estado em concílio em Battle Creek homens que não podem apreciar a situação das coisas nas diferentes localidades como o podem fazer os que estão justamente no lugar; e não é prudente os homens procurarem homens, dependendo de tal maneira de uns poucos homens de Battle Creek, alguns dos quais têm por anos andado longe de Deus. Aceitar o julgamento desses homens e mandá-los vir de longa distância para se reunirem em conselho, tem desonrado grandemente a Deus. Assim fazendo, revelais colocar homens cujo coração não está santificado, onde Deus deveria estar. TM 326 4 Admitamos que alguns erros são cometidos pelos que estão em diferentes lugares. Podem esses ser de muito menos conseqüências que os erros cometidos pelos que estão no coração da obra. Não podeis ir ao grande Líder que é poderoso em conselho? E não pode Ele restaurar? Não pode Ele trabalhar em vosso favor? Não fará Ele isto se a Ele vos dirigirdes como as criancinhas vão a seus pais? Já há demais altiva presunção no agente humano. Deus não pode trabalhar com tal elemento de orgulho. Se este não for abandonado, se o eu não for humilhado, Deus não poderá trabalhar. Os que mandam todas as suas perplexidades das várias partes do mundo para Battle Creek, revelam ter a sabedoria do homem e não a sabedoria de Deus. Presidentes de associação TM 327 0 2 de Agosto de 1896. TM 327 1 Minha atenção tem sido atraída para a instrução que o Senhor aprouve dar em Obreiros Evangélicos. Levantei-me às três horas da madrugada, e li a questão no pequeno livro intitulado: Conference Presidents, pág. 232. As mesmas coisas me têm sido apresentadas freqüentes vezes. Atentarão nossos irmãos para elas? Ou se desviarão da luz? Deve o presidente da Associação Geral agir de acordo com a luz dada, e não contra essa luz. Se os homens fecharem os olhos aos testemunhos que a Deus agradou dar, e julgarem ser sabedoria andar à luz das centelhas que eles mesmos acenderam, isso estragará a igreja. Tais homens não estão habilitados nem a se tornar ministros nem presidentes de Associações; não receberam conselho da Fonte de toda a sabedoria. TM 327 2 Aquele que é colocado como presidente de uma Associação, deve aprender que o coração humano é obstinado, e que precisa ser estritamente guardado pela vigilância e oração. Ao buscar conscienciosamente e constantemente ao Senhor, é por Deus ensinado de modo que se possa transformar num homem representativo, e nele se possa ter confiança como Deus confiou em Abraão. Necessita de toda a armadura de Deus, pois tem de combater o bom combate da fé, e havendo feito tudo o que o Espírito de Deus lhe ensinou a fazer, ficar firme. Seus inimigos podem ser da sua própria casa, sua esposa e filhos, ou poderão ser as suas próprias tendências hereditárias e cultivadas que continuamente procuram o domínio. O caráter do homem é humano e defeituoso, e este deve batalhar para alcançar a vitória. Todo aquele que começa certo, deve começar por seu próprio coração. Dos lábios verdadeiros saía a fervorosa oração: "Cria em Mim, ó Deus, um coração puro", e ela terá a resposta: "E vos darei um coração novo." TM 328 1 Todos aqueles, que entrarem em lugares onde devam ser provados e experimentados por Deus, para ver se serão registrados dia a dia como mordomos fiéis e verdadeiros dos talentos confiados por Deus, precisam aprender lições. Têm eles demonstrado ter diante de si o temor de Deus, quer estejam lidando com superiores, quer com inferiores ou iguais? Precisam nutrir a verdade como um princípio permanente, para que esta possa santificar a alma. O poder criador e transformador do Espírito Santo de Deus torná-los-á sócios de Cristo. Jungidos com Cristo, podem por Ele ser mais do que vencedores. TM 328 2 O homem que sente em grande maneira que está a serviço de Jesus Cristo, aspirará a amizade de Deus. Humilhar-se-á diante de Deus, para que ele não seja nada e Deus seja tudo. Tal homem é co-participante de Cristo, habilitado a presidir uma Associação de Estado. Se se demonstrar circunspecto, está preparado para qualquer posição, de acordo com a sua experiência e habilitações. Compreendam as igrejas que tal homem é digno de confiança e deve ser apoiado. A ele se podem dirigir, e com ele falar. Tal homem nunca se julgará capaz de levar a obra mesmo de uma associação de Estado, sem a constante graça que Deus dá. Não escolherá fazer sozinho o trabalho e levar a responsabilidade. Pela direção sábia terá ele o tato suficiente para reconhecer talentos em outros. Usará os que têm esse talento e os ajudará, enquanto esses o ajudam a levar seus fardos. Unidos com os irmãos TM 329 1 É egoísmo os homens que julgam ter algum trabalho a fazer pelo Mestre, desejarem fazer sozinhos o seu trabalho, e recusarem ligar-se àqueles que para eles seriam um auxílio, só por temerem não obter todo o crédito de fazer o bom trabalho que eles se gabam que farão. Tem isso grandemente embaraçado a obra de Deus. Que um irmão lance mão de outro. Uni um Pedro a um João. Anime cada um a seu irmão a ficar a seu lado, fazendo trabalho zeloso, interessado, como coobreiros na grande obra. Podem dois ou três orar juntos, cantar juntos os louvores a Deus e crescer até a estatura completa de coobreiros de Deus. Deve ser alimentada a perfeita harmonia. Devem todos servir ao Senhor como criancinhas, sentindo que são ramos do mesmo tronco original. TM 329 2 Andem os presidentes de associações humildemente com Deus e não terão ocasião de escrever ao presidente da Associação Geral a fim de que deixe seu trabalho para acertar pequenas questões. Mesmo muitas grandes questões podem ser levadas a Deus, e Ele dará conselho em cada associação de Estado. Todos se podem aproximar de Deus. Ele é muito mais acessível do que o presidente da Associação Geral. Ensine o presidente da Associação Geral aos presidentes das associações de Estado a cuidar sabiamente de sua parte da vinha moral onde estão situados, sem sobre ele lançarem os seus fardos. Ensinai esses homens de capacidade e talento a olhar para Deus, para que por Ele possam ser ensinados. Ensinai-lhes a ir ao Manancial em busca de instruções quanto à justiça. Examinai as Escrituras. "Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." Qual é, então, a vossa desculpa para vos afastardes dos conselhos dAquele cuja sabedoria é infinita para a buscardes de homens finitos, que são tão fracos como vós mesmos? Alguém sofreu por vós, o justo pelo injusto. TM 330 1 Quantas mesquinhas ofensas traça o homem sobre o papel, e as derrama na alma de seus semelhantes! Quão insensato é perpetuar e comunicar aos outros as coisas que melhor seria se as tivésseis guardado para vós mesmos! Nunca escrevais uma linha de desânimo. Se fizerdes justamente o que Jesus vos ordena, encontrareis auxílio. "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." O Senhor Deus tem dado abundante evidência de Sua boa vontade de levar os nossos fardos. Ao levantardes Seus fardos Ele vos levantará a vós como também aos fardos. Ele convida a todos os cansados e oprimidos: "Vinde a Mim." Não vos é dito que deveis ir ao redor do mundo para contar vossas dificuldades aos vossos semelhantes e diante deles descarregar vossos fardos. "E eis que Eu estou convosco todos os dias", diz Cristo "até a consumação dos séculos." Advertência contra envolvimentos políticos TM 331 0 26 de Dezembro de 1896. TM 331 1 À Associação Geral de 1897: Tenho palavras a dizer aos nossos irmãos que se reunirão em assembléia em 1897. A presente controvérsia financeira tem-me sido apresentada como sendo uma das obras-primas de Satanás para estes últimos dias. Há um poder que vem de baixo, que é segundo a operação do grande inimigo. Supus que nosso próprio povo subiria mansamente e se moveria com muita cautela e se conservaria afastado dessas novas questões com relação à moeda circulante. Isto não é de origem divina -- a mudança da moeda circulante. Em que resultará isso? -- Ocasionará um estado de coisas que trará opressão ao pobre e causará grande angústia. Este é um dos planos do diabo, e pensei que os que criam na verdade não seriam enganados no mínimo em tal questão. Mas no ano de 1896 foram-me apresentadas questões que me tem feito tremer por nosso povo. Tenho estado em lugares em que ouvi conversas dos que estavam em posição de confiança em nossas instituições, e havia grande calor na controvérsia quanto às diferentes posições assumidas. A luz que me foi dada era: Este é o plano que Satanás arranjou para trazer infelicidade. TM 331 2 Queremos nós saber a melhor maneira de podermos agradar ao Salvador? Não é empenhando-nos em polêmicas políticas, seja no púlpito ou fora dele. É considerando com temor e tremor toda a palavra que proferimos. No lugar em que o povo se reúne para adorar a Deus não seja pronunciada nenhuma palavra que desvie a mente do grande interesse central -- Jesus Cristo, e Este crucificado. Deve a mensagem do terceiro anjo ser o peso de nossa advertência. Com as questões colaterais, não nos devemos intrometer. O peso da obra é: Pregar a Palavra. Há os que têm tido experiência em pregar e trabalhar pela salvação das almas por quem Cristo deu Sua preciosa vida. Essa obra é o empreendimento especial que deve absorver todo aquele que alimenta o rebanho de Deus. Agora é um tempo em que se ouvirão vozes: "Ouvi. Este é o caminho, andai nele." Mas o Senhor Jesus diz: "Segue-Me. Aqueles que Me seguem não andarão em trevas." Nosso trabalho pessoal deve ser a salvação de almas, do qual coisa alguma deve ser tão importante que nos desvie a mente. Cristo veio ao nosso mundo para salvar almas, para difundir a luz entre as trevas morais. Ouve-se uma voz viva: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." Deixai a política de lado TM 332 1 Surpreendi-me ao ver homens que pretendem crer na verdade para este tempo, todos excitados com algumas questões -- questões que se relacionavam com o Senhor Jesus e os interesses eternos? Não; mas pareciam estar maravilhosamente excitados quanto ao dinheiro. Alguns ministros se distinguiam por entremear estes assuntos em seus discursos. Estavam-se excitadamente envolvendo, tomando partidos quanto as estas questões, sobre as quais os Senhor não lhes deu a responsabilidade de nelas se empenhar. Pareciam estas pessoas ter uma grande soma de presunção. Mas eles mesmos não sabiam realmente o que estavam advogando. Não sabiam se estavam defendendo princípios que se originavam nos conselhos do Céu, ou nos conselhos de Satanás. TM 332 2 A voz de Alguém que tinha autoridade falou com grande decisão: Vós não sabeis de que espécie de espírito sois. Lede as orientações dadas pelo Filho Unigênito de Deus quando estava encoberto na coluna de nuvens. Quando essa voz for obedecida, não usareis vossa voz ou influência em qualquer política para enriquecer a alguns, para trazer opressão e sofrimento à classe mais pobre da humanidade. Há nessa agitação justamente o que separa os que são da mesma fé. Traz isso as credenciais divinas? Acautelai-vos. Cuidai de que vosso braço não esteja ligado ao de um demônio pessoal. Tem ele a aparência de um homem. Anda ao redor bramando como leão, buscando a quem possa devorar, e os acha entre os adventistas do sétimo dia. Pode ele aterrorizar pelo seu rugido; mas, quando melhor convém aos seus propósitos, tem a doce voz de um anjo de luz, e fala de coisas celestiais. Não sabia ele tudo acerca da glória celeste? TM 333 1 Indaguei porque os que podiam ler a Bíblia e ver os perigos destes últimos dias eram tão prontos a apanhar com precipitação questões que melhor seria tivessem deixado de parte. Como podem eles ligar-se a homens que promovem princípios que se originaram nos concílios de demônios? Por que não vêem eles não ser esta a obra que o Senhor lhes ordena fazer? Veio a resposta: Porque seu coração se entregou à vaidade. Estão enganados. Não sabem quão fracos são. Muitos há que serão iludidos, e que, tanto pela pena como pela voz, exercerão toda a sua influência para criar um mau estado de coisas (estado de coisas que existirá justamente da mesma forma seja o que for que possam fazer); mas não deviam eles estar unidos aos obreiros do mal. Todos os que almejam alguma ocupação que represente Jeú correndo furiosamente, terão suficiente oportunidade para se distinguir. Seu braço estará ligado com o daquele que uma vez foi um anjo exaltado, e que não esqueceu suas maneiras nas cortes celestiais. Essas maneiras assumirá ele; e ao representar pessoas, engodará muitos cuja vida não está oculta com Cristo em Deus. Porque o amor esfria TM 334 1 Por se multiplicar a iniqüidade, esfria o amor de muitos. Por que deveria seu amor esfriar? Por não terem humilhado o coração e fugido para o seu refúgio, Jesus Cristo. Pensavam saber tanto que se tornaram néscios, e se permitiram ficar depravados. Assim muitas almas se perderão. O príncipe das potestades do ar, apresentará planos e idéias mundanos e estranhos sentimentos e princípios diretamente opostos à lei de Deus. Aqui devemos reservar toda a nossa influência para levantar bem alto a verdade. Sentimentos trazidos para a frente por políticos, serão repetidos por alguns que se dizem observadores do sábado. Que anjos os assistem no púlpito ao se levantarem para dar ao rebanho veneno em vez de trigo puro, bem joeirado? Eis a operação de instrumentalidades satânicas para trazerem confusão, para fascinar o espírito tanto de velhos como de jovens. Os que têm andado humildemente diante de Deus, não se absorverão em advogar tanto um como o outro lado desta questão. Colocar-se-ão sob a Sua proteção, e revelarão estar aprendendo lições do grande Mestre, que disse: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." TM 334 2 Toda essa agitação e inquietação está pondo a mente de maneira que não se demorará na verdade. Supondes que o mundo, a carne e o diabo seriam capazes de prender essas almas contritas e abatidas de espírito e cegar-lhes o entendimento de modo que não possam dizer que espécie de companheiros estão escolhendo? Se os olhos de muitos pudessem ser abertos, em sua marcha insensata, veriam eles uma poderosa procissão de pessoas de todas as classes, espécies e nações, passando pelas mesmas fileiras, classificando-se como companheiros de demônios, avançando rapidamente numa procissão sempre crescente, para a ruína certa. TM 335 1 Que direi eu? A fé de muitos, inclusive a dos que pregam a Palavra, deve ser algo diferente do que é agora, do contrário o seu futuro destino eterno estará decidido. A Palavra de Deus cuidadosamente estudada e obedecida é a única força que tornará o homem puro, e puro o conservará. Só isso os poderá salvar de se entreterem com todas as iniqüidades prevalecentes. Devem os cristãos ter o selo do Rei dos reis. Todos neste mundo estão tomando uma posição. Não devemos tomar parte nesta luta financeira política. E ela tem penetrado em nossas fileiras. TM 335 2 Mesmo entre os adventistas do sétimo dia, há aqueles que estão sob a reprovação da Palavra de Deus, devido à maneira em que adquiriram sua propriedade e a usam, agindo como se fossem seus donos e a houvessem criado, sem olhar à glória de Deus, e sem uma oração fervorosa para dirigi-los em sua aquisição ou uso. Estão pegando numa serpente, que os picará como uma víbora. O caminho seguro TM 335 3 Do povo de Deus diz Ele: "E será consagrado ao Senhor o seu comércio e a sua ganância de prostituta; não se entesourará, nem se fechará." Mas muitos que professam crer na verdade, não querem ter mais a Deus em seus pensamentos do que o quiseram os antediluvianos ou sodomitas. Um sensato pensamento de Deus, despertado pelo Espírito Santo, estragaria todos os seus planos. O eu, o eu, o eu, tem sido o seu deus, seu alfa e seu ômega. TM 335 4 Os cristãos só estão seguros ao adquirir dinheiro sob a orientação de Deus, e usá-lo em canais que Deus possa abençoar. TM 336 1 Deus nos permite usar Seus bens somente para Sua glória, para nos abençoar, a fim de que possamos abençoar aos outros. Os que têm adotado a máxima do mundo, e banido do espírito as especificações de Deus, que pegam tudo que podem obter de salários ou bens, são pobres, verdadeiramente pobres, porque sobre eles recai o desagrado de Deus. Andam em caminhos que eles mesmos escolheram e desonram a Deus, a verdade, Sua bondade, a Sua misericórdia e Seu caráter. TM 336 2 Agora no tempo da prova, estamos todos sob provas e provações. Satanás está operando com seus enganadores encantamentos e subornos, e alguns pensarão que devido a seus planos têm feito maravilhosa especulação. Mas eis que, ao pensarem que se estavam levantando com segurança, e se estarem conduzindo altivamente no egoísmo, descobriram que Deus pode espalhar mais depressa do que eles podem ajuntar. TM 336 3 "Vi o ímpio com grande poder espalhar-se como a árvore verde na terra natal. Mas passou e já não é; procurei-o, mas não se pôde encontrar." Aquele que vê o fim desde o princípio, da confusão tira ordem, faz todas as coisas bem. Veremos outro lado do quadro: "Nota o homem sincero, e considera o que é reto, porque o futuro desse homem será de paz." A Palavra de Deus oferece todo o preparo para a vida eterna. Nossa fé deve ser uma fé que opera por amor, e purifica a alma, não desdenha da fé e prática. Cremos na Palavra de Deus? São todos os que professam a verdade fiéis e verdadeiros, firmes nos princípios? Estamos fazendo trabalho missionário no Espírito de Cristo? TM 336 4 Há homens que ficam nos púlpitos como pastores, professando alimentar o rebanho, enquanto as ovelhas estão morrendo por falta do pão da vida. Há longos e arrastados discursos grandemente compostos de narrativas de anedotas; mas o coração dos ouvintes não é tocado. Pode ser que os sentimentos de alguns sejam tocados, podem derramar algumas lágrimas, mas seu coração não foi quebrantado. O Senhor Jesus tem estado presente ao apresentarem o que se chamava sermão, mas suas palavras eram destituídas do orvalho e chuva do Céu. Davam evidências de que os ungidos descritos por Zacarias (ver capítulo quatro) não lhes haviam ministrado para que pudessem ministrar aos outros. Quando os ungidos se esvaziam pelos canudos de ouro, o dourado óleo flui deles para os vasos de ouro, para manar para as lâmpadas, as igrejas. É esta a obra de todo o fiel e dedicado servo do Deus vivo. O Senhor Deus do Céu não pode aprovar muito do que é trazido ao púlpito pelos que professam estar falando a Palavra do Senhor. Não inculcam idéias que sejam uma bênção para os que o ouvem. Alimento barato, muito barato é colocado diante do povo. Fogo estranho TM 337 1 Quando o orador, de maneira descuidada se intromete em qualquer parte, tomado pela fantasia, quando fala de política ao povo, está misturando fogo comum com o sagrado. Ele desonra a Deus. Não tem verdadeira evidência de Deus de que esteja falando a verdade. Comete para com seus ouvintes um grave mal. Pode plantar sementes que poderão lançar bem fundo suas fibrosas raízes, e elas brotam dando um fruto venenoso. Como ousam os homens fazer isso? Como ousam adiantar idéias quando não sabem com certeza de onde vieram, ou se são a verdade? A espécie de sermões necessária TM 337 2 Lembrar-se-ão os nossos irmãos de que vivemos em meio aos perigos dos últimos dias? Lede Apocalipse em relação com Daniel. Ensinai essas coisas. Sejam os discursos curtos, espirituais e elevados. Esteja o pregador cheio da Palavra do Senhor. Saiba cada homem que vai ao púlpito que tem anjos do Céu em seu auditório. E quando esses anjos esvaziam de si mesmos o óleo de ouro da verdade, no coração daquele que está ensinando a Palavra, então a aplicação da verdade será uma questão solene e séria. Os mensageiros angélicos expulsarão do coração o pecado, a menos que a porta do coração esteja trancada e se recuse admitir a Cristo. Cristo Se retirará daqueles que persistem em recusar as bênçãos celestiais que lhes são tão livremente oferecidas. TM 338 1 O Espírito Santo está fazendo Sua obra nos corações. Mas se os ministros não tiverem recebido primeiro Sua mensagem do Céu, se não tiverem retirado sua própria provisão das correntes refrigeradoras e doadoras de vida, como poderão eles deixar fluir aquilo que eles não receberam? Que pensamento o de que almas famintas e sedentas são despedidas vazias! O homem pode dar em profusão todo o tesouro de seus conhecimentos, pode exaurir as energias morais de sua natureza e ainda assim nada realizar, porque ele mesmo não recebeu o óleo de ouro dos mensageiros celestes; portanto não pode este fluir dele comunicando vida espiritual ao necessitado. As boas novas de alegria e esperança devem vir dos Céus. Aprendei, oh, aprendei de Jesus o que significa estar em Cristo. TM 338 2 Se o ministro cristão recebe o óleo de ouro, tem vida; e onde há vida, não há estagnação, nem mesquinha experiência. Há constante crescimento até à estatura completa de Cristo Jesus. Se tivermos uma experiência profunda e crescente nas coisas celestiais, andaremos com o Senhor, como Enoque andou. Em vez de consentir nas propostas de Satanás, há a mais fervorosa oração pela unção celestial, para que possamos distinguir do comum o que é direito, o que é nascido do Céu. TM 339 1 Se estivermos lutando na força do Poderoso, estaremos do lado que finalmente ganhará. No fim, venceremos. O maior trabalho, as cenas mais perigosas estão diante de nós. Devemos enfrentar o conflito mortal. Estamos para ele preparados? Deus ainda fala aos filhos dos homens. Fala de muitas e diferentes maneiras. Ouvirão Sua voz? Colocaremos confiantemente nossa mão na Sua, dizendo: "Dirige-me, guia-me"? TM 339 2 Há religião barata em abundância, mas não há uma coisa que se possa chamar cristianismo barato. O eu pode aparecer em grande parte na falsa religião, mas não pode aparecer na experiência cristã. Sois coobreiros de Deus. "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." Não podemos ser pastores do rebanho a menos que sejamos despojados dos nossos hábitos, maneiras e costumes peculiares, e alcancemos a semelhança de Cristo. Quando comemos Sua carne e bebemos o Seu sangue, então se encontrará no ministério o elemento da vida eterna. Não haverá uma reserva de idéias antiquadas, e freqüentemente repetidas. Haverá uma nova percepção da verdade. TM 339 3 Alguns dos que ficam no púlpito fazem com que os mensageiros celestiais que estão no auditório deles se envergonhem. O precioso evangelho que tanto tem custado para ser levado ao mundo, é injuriado. Há palestra comum e barata; atitudes grotescas, contorções das feições. Alguns são fluentes, outros de enunciação pesada, indistinta. Todo aquele que ministra diante do povo deve sentir ser seu solene dever controlar-se. Primeiro deve entregar-se completamente ao Senhor numa inteira renúncia própria, determinando não ter nada de si mesmo, mas tudo de Jesus. TM 339 4 A Palavra é a luz do pregador, e conforme o óleo de ouro flui das oliveiras celestiais para o vaso, faz com que a lâmpada da vida brilhe com uma clareza e poder que todos discernirão. Aqueles que têm o privilégio de ficar sob tal ministério, se seu coração for susceptível à influência do Espírito Santo, sentirão vida interior. O fogo do amor de Deus dentro deles se acenderá. A Bíblia, a Palavra de Deus, é o pão da vida. Aquele que alimenta o rebanho de Deus deve ele próprio comer primeiro do pão que desceu do Céu. Verá a verdade a cada lado. Não se aventurará a chegar diante do povo enquanto não tiver primeiro comungado com Deus. Então é levado a trabalhar como Cristo trabalhou. Respeita as mentes variadas que lhe compõem o auditório. Tem uma palavra que toca o caso de todos, não idéias mundanas que confundem. Não tem ele direito de introduzir as perplexidades mundanas. O pão da vida satisfará toda fome da alma. Oficiais de associação TM 340 0 Cooranbong, Austrália, Agosto de 1896. TM 340 1 Presidentes de Associações e Conselheiros: Deus deu a Moisés especial orientação para a direção de seu trabalho. Levou Moisés a associar homens consigo, como conselheiros, para que suas responsabilidades pudessem ser aliviadas. Por meio de Jetro foi dada a mensagem: "Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo: Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as coisas de Deus; e declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade que aborreçam a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno, eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz virá ao seu lugar." TM 341 1 É para nós este conselho. Deve ser atendido por nossos homens que têm responsabilidades. Tem-se deixado o presidente de nossa Associação Geral trazer sobre si fardos que Deus sobre ele não colocou, e as coisas que tem procurado fazer não puderam ser feitas com sabedoria e bem... TM 341 2 Moisés disse: "Quando têm algum negócio vêm a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos de Deus, e as Suas leis." Ainda resta este trabalho a fazer, e se os homens que agora levam as responsabilidades não o fizerem, então deverá ser confiado a outros. Deve a obra do Senhor ser levada avante sem engano, hipocrisia ou cobiça. O caráter dos conselheiros TM 341 3 Em sua instrução a Moisés o Senhor apresentou com muita clareza o caráter daqueles que deviam preencher posições de importância como conselheiros. Deveriam ser "homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza". O conselho do Senhor tem sido estranhamente negligenciado. Há homens que estão em lugares de santa responsabilidade os quais, ao serem reprovados, nada se têm importado com isso. Alguns dos que por anos têm permanecido como conselheiros, ousadamente têm declarado que não receberiam os testemunhos dados. Em triunfo, declararam que muitos de seus homens mais responsáveis perderam a fé na mensagem que vem da irmã White. Assim têm sido os rejeitadores da luz fortalecidos em sua incredulidade, achando que têm uma confederação completamente forte. Homens que tiveram a luz têm andado contra a luz. Estas palavras são apropriadas: "A verdade anda tropeçando pelas ruas e a eqüidade não pode entrar." A malária da incredulidade tem estado a difundir sua atmosfera letal por todas as fileiras, tanto as de perto como as de longe. Tudo isso se tem declarado plenamente, no entanto, durante anos têm as coisas permanecido sem mudança. Pode-se esperar o favor de Deus em tais circunstâncias?... Estudai os métodos de Deus TM 342 1 Como um povo, devemos estudar os planos de Deus para dirigir Sua obra. Onde quer que Ele tenha dado instruções sobre qualquer ponto, devemos nós considerar cuidadosamente como nos relacionarmos com Sua vontade expressa. Essa obra deve merecer especial atenção. Não é sensato escolher só um homem para Presidente da Associação Geral. A obra da Associação Geral tem-se estendido, e algumas coisas se têm tornado desnecessariamente complicadas. Tem-se revelado uma falta de discernimento. Deve haver uma divisão do campo ou se deve idear qualquer outro plano para mudar a presente ordem de coisas... TM 342 2 Deve o Presidente da Associação Geral ter o privilégio de decidir os que ficarão ao seu lado como conselheiros. Aqueles que se conservarem no caminho do Senhor, que conservarem um discernimento claro e aguçado, cultivando a religião no lar, são conselheiros seguros. De tais pessoas disse o Perscrutador dos corações: "Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para obrarem com justiça e juízo." Necessita o Presidente da Associação Geral de conselheiros do caráter dos que Deus escolheu para Moisés. Foi pelo menos seu privilégio exprimir sua preferência quanto aos homens que deviam ser seus conselheiros. Foi seu privilégio discernir entre o que servia a Deus e o que não O servia. Mas uma estranha cegueira estava sobre ele. Tem havido uma influência fermentadora sobre as mentes humanas, e isto tem sido muito doloroso. Durante anos tem sido Deus desonrado. ... TM 343 1 Tenho a palavra do Senhor para os presidentes de associações. Devem pôr os ombros às responsabilidades envolvidas nos depósitos que sobre eles repousam. Em vosso trabalho, não procureis atender a uma norma humana, mas à norma da obra de Deus. Se assim não fizerdes, se não buscardes ao Senhor com o máximo fervor, se não fordes portadores de responsabilidades, antes preferirdes colocar todo o peso de vossas responsabilidades sobre o presidente da Associação Geral, então, semana após semana, mês após mês, vos estareis desqualificando para a obra. Deveis abandoná-la, e empenhar-vos em transações comerciais comuns, que não envolvem tão decididamente responsabilidades eternas. TM 343 2 Presidentes de Associações, apelo a vós em nome do Senhor Jesus: "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Deveis ser missionários abnegados, homens que pensem, homens que orem pela iluminação divina, e que sejam fiéis e leais para com as responsabilidades. Assentai-vos aos pés de Jesus, e aprendei qual é Sua vontade. Deve haver zelosa atividade de vossa parte. Não ensineis vossas idéias, vossos planos, vossas noções, vossas máximas, mas ensinai a Palavra do Senhor. TM 344 1 Vossos períodos semanais de oração não habilitarão a nenhum de vós para vossas grandes e solenes responsabilidades, se, depois desses períodos, julgardes que vosso trabalho já está feito, e, havendo olhado para o grande espelho moral, sairdes esquecendo-vos que espécie de homens éreis. Não é meramente um dia de culto que bastará para as necessidades da alma. Deveis vir constantemente ao celeiro para vos alimentardes da carne e do sangue do Filho de Deus. A religião não deve ser barateada em 1896 ou 1897. Saí das influências mundanas TM 344 2 Devem os que participam da natureza divina sair das influências mundanas, das festividades ocas, e assentar-se com Cristo, em comunhão de coração com o seu Redentor. Deixai vossa incrédula ansiedade. Quando os ansiosos discípulos viram as multidões famintas ao lado do mar, surgiram em sua mente as impossibilidades, e eles perguntaram: Iremos comprar nas vilas para lhes dar de comer? Justamente assim perguntam alguns nas várias associações: Mandaremos buscar alguém em Battle Creek para vir realizar reuniões conosco e reavivar-nos, e alimentar-nos? Que disse Cristo? -- Não. Ele ordenou à multidão que se assentasse na grama em grupos de cinqüenta e de cem. Obedeceram às ordens, assentando-se em longas fileiras na grama. Jesus tomou os cinco pães e dois peixes das mãos do rapaz, e levantando os olhos para Seu Pai, pediu-Lhe a bênção sobre a escassa provisão. Então pôs na mão dos discípulos o alimento a ser distribuído. A parca provisão cresceu nas mãos de Cristo, e Ele teve constantemente nova provisão para seus servos distribuírem entre a multidão faminta, até que todos tivessem o suficiente. Então veio a ordem: "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." Houve uma sobra de alimento juntado. TM 345 1 Isso é uma lição para todos em sua experiência espiritual. Quanta ansiedade seria poupada se os homens tão-somente confiassem em Deus. Deve o pão da vida ser dado às almas necessitadas. E que trabalho se tem freqüentemente com esta questão! Há longos concílios para delinear planos, inventar novos métodos. Há um constante esforço a fim de arranjar entretenimentos para atrair o povo à igreja ou à Escola Sabatina. Como os discípulos, fazem os obreiros a pergunta: Iremos às vilas comprar? Qual é o trabalho que deve ser feito? Ide a Jesus. A oração e a fé humildes realizarão muito mais do que vossos longos conselhos. Ouvi o convite do Salvador. Ponde a cerviz sob o Seu jugo. Aceitai-Lhe os fardos. Recebei aquilo que Ele concede. Diz Ele: "Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." TM 345 2 Não há necessidade dessa antecipação de terríveis dificuldades. Devemos comer e beber a palavra da vida, que é representada como comer a carne e beber o sangue de Cristo. Os que conhecem a verdade devem ser educados a recebê-la de seus próprios pastores, e por ela orar e praticá-la. Então almas crescerão na fé e num inteligente conhecimento. Receberiam o pão da vida e o digeririam. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Deve a verdade entrar no coração e na mente. Mais, muito mais oração e menos do longo sermonizar servirá para a saúde do corpo e da alma. TM 345 3 Tem-se despendido dinheiro mandando homens a Jerusalém, para o lugar em que Jesus viajou e ensinou, quando temos o precioso Salvador perto de nós, temos Sua presença conosco e podemos ter uma Jerusalém em nossas próprias casas e nas igrejas. Podemos discernir-Lhe as recentes pisadas. Podemos comer-Lhe as palavras e ter a vida eterna. Precisamos de mais estudo, mais fervorosa meditação e comunhão com Cristo. Devemos atentar para a voz mansa e delicada, e pela fé descansar no amor de Cristo. Devemos ter uma experiência muito mais sadia, e tornar-nos cristãos muito mais vigorosos. TM 346 1 Temos uma superabundância de sermões, mas precisamos aprender a receber a Palavra. Todo o auxílio de fora não pode suprir essa deficiência. Os missionários leigos devem fazer o trabalho missionário voluntário. Deus não Se agrada dos planos egoístas para dar tantas vantagens aos que conhecem a verdade, que tiveram oportunidades para conhecer muito mais da verdade do que eles a praticam. Milhares de milhares estão na ignorância, perecendo fora de Cristo. No entanto, dinheiro, tempo e trabalho são dedicados à classe que sempre está aprendendo, e ainda assim nunca são capazes de alcançar o conhecimento experimental da verdade, porque não a querem praticar. TM 346 2 Os que estão prontos para o serviço, são os que mais se alimentam de Cristo. Lede e estudai Sua Palavra. Bebei da inspiração de Seu Espírito, e recebei Sua graça, não para entesourar, mas para dar aos outros. Para instruir aos outros, devem primeiro ser os professores discípulos de Cristo. Há Martas em cada igreja. Estão intensamente ocupadas com atividades religiosas, e fazem muito bem; mas também necessitamos do lado do caráter de Maria. Os mais zelosos obreiros necessitam aprender aos pés de Jesus. ------------------------Capítulo 14 -- Apelo pela verdade e lealdade "Todos vós sois irmãos" TM 347 0 8 de Março de 1895. TM 347 1 Preciso falar aos meus irmãos de perto e de longe. Não posso ficar calada. Eles não estão trabalhando segundo princípios corretos. Não devem julgar, os que estão em posições de responsabilidade, que sua importante posição os torna homens de juízo infalível. TM 347 2 Todas as obras dos homens estão sob a jurisdição do Senhor. Será completamente seguro os homens considerarem que no Altíssimo há conhecimento. Os que confiam em Deus e em Sua sabedoria, e não na deles mesmos, estão andando em veredas seguras. Nunca julgarão estarem autorizados a tapar a boca nem mesmo do boi que trilha o grão; e quão ofensivo é os homens controlarem o agente humano que está em sociedade com Deus, e a quem o Senhor Jesus convidou: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." "Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." TM 347 3 O Senhor não colocou nenhum de Seus agentes humanos sob a ordem arbitrária ou o domínio daqueles que não passam eles próprios de mortais sujeitos ao erro. Ele não deu aos homens o poder de dizer: Fareis isto, e não fareis aquilo. Mas é exercido em Battle Creek um poder que Deus não deu, e Ele julgará aos que assumem essa autoridade. Têm eles algo do mesmo espírito que levou Uzá a lançar mão da arca para segurá-la, como se Deus não pudesse cuidar de Seus símbolos sagrados. Muito menos poder e autoridade humanos devem ser exercidos para com os agentes humanos. Irmãos, deixai que Deus governe. A obra para este tempo TM 348 1 A grande obra para este tempo exige que os homens vão a qualquer parte tanto perto como longe, nos caminhos e valados, para difundir a luz, apresentando as palavras da vida. Pôs Deus sobre um homem ou um grupo de homens tomar essa obra em suas mãos, como se os obreiros, a propriedade particular de Deus, devesse estar sob o seu domínio? TM 348 2 Os negócios ligados à obra de Deus em todo e qualquer ramo, exigem homens que estejam trabalhando em harmonia com Deus; pois o poder e o êxito na obra só poderão ser obtidos pela cooperação do humano com o divino. Sem que haja a melhor evidência de que uma pessoa compreenda as coisas celestiais e eternas, não deve ela ser autorizada a ministrar em questões relacionadas com a obra que diz respeito à salvação das almas por quem Cristo morreu. Às mãos e cérebros não santificados já têm sido confiado demasiado poder e muitas mudanças imprudentes se têm feito, que não estão de acordo com a vontade e os caminhos de Deus. TM 348 3 Nenhum homem é um juiz apropriado do dever de outro homem. O homem é responsável para com Deus; e, quando homens finitos e sujeitos ao erro tomam em suas mãos a jurisdição de seus semelhantes, como se o Senhor os houvesse comissionado para levantar ou abater, todo o Céu se enche de indignação. Estranhos princípios estão sendo estabelecidos com relação ao domínio da mente e das obras dos homens, por juízes humanos, como se esses homens finitos fossem deuses. TM 349 1 E o que acontece com alguns dos que levam essas sagradas responsabilidades? Homens que não têm mentalidade espiritual, que não são consagrados a Deus, não têm comissão a cumprir nem autoridade a exercer relativas à vontade ou a ação de seus semelhantes. Mas, a menos que os homens estejam diariamente em comunhão com Deus, em vez de buscá-Lo com todo o coração para estarem habilitados para o trabalho, assumirão poder ditatorial sobre a consciência dos outros. O senso da presença divina encheria de respeitoso temor e subjugaria a alma, mas isso não têm eles. Sem o amor de Deus a aquecer a alma, o amor aos homens esfria. Seu coração não se comove à vista da desgraça humana. O egoísmo tem deixado sua corruptora impressão na vida e no caráter, e alguns nunca perderão essa imagem e inscrição. TM 349 2 Deve a obra da causa de Deus ser confiada a tais mãos? Devem as almas por quem Cristo morreu ser manipuladas segundo a vontade de homens que recusaram a luz que lhes foi dada pelo Céu? Devemos temer as leis feitas pelos homens, e os planos e métodos que não estão de acordo com os princípios da Palavra de Deus quanto à relação do homem para com o seu companheiro. "Todos vós sois irmãos." A presente ordem de coisas deve mudar TM 349 3 A presente ordem de coisas deve mudar, ou a ira de Deus cairá sobre os Seus instrumentos que não estão trabalhando nas fileiras de Cristo. Tem o Senhor dado a qualquer um de vós a comissão de dominar sobre a Sua herança? Essa tal espécie de trabalho tem-se infiltrado durante anos. Deus vê tudo isso, e disso Se desagrada. Quando os homens se interpõem entre Deus e Seus agentes humanos, desonram a Deus, e prejudicam as almas dos que necessitam verdadeiro encorajamento, simpatia e amor. Sou constrangida a apelar aos nossos obreiros: Seja qual for vossa posição, não dependais de homens, nem façais da carne vosso braço. TM 350 1 Sou impelida pelo Espírito de Deus a dizer-vos, a vós que tendes ligação com a obra do Senhor: Nunca vos esqueçais de que dependeis inteiramente de Deus, e se passardes uma hora ou um momento sem confiar em Sua graça, sem conservar o coração aberto para receber a sabedoria que não é terrena, tendo a certeza de que sem Cristo nada podeis fazer, não sereis capazes de distinguir entre o fogo comum e o sagrado. Palavras de caráter muito proibido fuzilarão de vossos lábios para destruir a esperança, a coragem e a fé. Assim está escrito nos livros do Céu: Vossas palavras não foram inspiradas por Deus, mas pelo inimigo que machucou e feriu a Cristo na pessoa de Sua possessão adquirida. Almas de infinito valor foram tratadas com indiferença, desviadas, deixadas a lutar sob a tentação e forçadas a entrar no campo de batalha de Satanás. TM 350 2 Os professos amigos de Jó eram fracos confortadores, tornando seu caso mais amargo e insuportável, e Jó não era culpado como eles supunham. Os que estão sob a dor e a angústia de seus próprios malfeitos, enquanto Satanás procura levá-los ao desespero, são justamente as pessoas que mais necessitam de auxílio. A intensa agonia da alma vencida por Satanás e que se sente derrotada e indefesa -- quão pouco é compreendida pelos que deviam atender com terna compaixão aos que erram! TM 350 3 Muito digna de piedade é a condição do que sofre sob o remorso; é ele como alguém aturdido, cambaleando, afundando no pó. E muitos dos que se supõem justos tornam-se confortadores irritantes; agem asperamente com essas almas. Ao manifestarem essa dureza de coração, ofendendo e oprimindo, estão fazendo a mesma obra que Satanás se deleita em fazer. A alma provada e tentada, não pode ver nada claramente. A mente está confusa; não sabe justamente que passos deve dar. Oh, então, nenhuma palavra seja proferida que cause dor mais profunda! Como lidar com os que erram TM 351 1 Nosso Salvador disse: "Mas qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!... Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus. Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido. Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou? E, se porventura a acha, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram. Assim também não é a vontade de vosso Pai, que está nos Céus, que um destes pequeninos se percam." TM 351 2 "Eu não vim", disse Cristo, "chamar os justos [vós que não sentis necessidade de arrependimento], mas, sim, os pecadores, ao arrependimento." Os que são coobreiros de Deus trabalharão nas fileiras de Cristo. Muita pobre alma há que é mal compreendida, não é apreciada, cheia de tristeza e agonia -- uma ovelha perdida, extraviada. Sua mente está anuviada, não pode achar a Deus, e dela se apossa uma incredulidade quase sem esperanças. No entanto, tem ela um desejo intenso e anelante de perdão e paz. TM 351 3 Ao vos ser apresentado esse quadro, pode ser feita a pergunta: Não haverá cristãos a quem tal pessoa se possa dirigir em busca de alívio? A esta pergunta Deus responde: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te pois de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Um farisaísmo frio e de coração endurecido se tem apossado de muitos dos professos seguidores de Cristo, e o amor de Jesus está morto. TM 352 1 "E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vive, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus." Aqui é resolvido o problema. As pessoas aqui descritas tiveram luz que as teria habilitado para obras inteiramente diversas, se houvessem seguido a luz, e houvessem fortalecido as coisas remanescentes que estavam prestes a morrer. A luz que lhes brilhava no coração quando Jesus lhes falou à alma: "Perdoados te são os teus pecados", poderiam eles ter conservado viva ajudando aos que necessitavam de auxílio. TM 352 2 A obra a ser feita é claramente especificada: "Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido, guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Muitos têm ouvido e recebido a palavra da vida e têm sido fortemente movidos pela verdade, mas têm permitido que sua alma fique fria, sua fé apagada pela justiça própria, pela presunção e pelo orgulho da posse de um conhecimento da verdade que eles deixam de praticar. A verdade que não é posta em prática, perde seu poder. O coração se fecha para sua influência divina, e aqueles que deviam ser obreiros de Cristo estão ociosos, e as almas que eles poderiam ajudar são deixadas em desânimo, trevas e desespero. Ajudai as almas que naufragam TM 353 1 Almas há que estão definhando por falta de simpatia. Definham por falta do pão da vida; mas não têm confiança para tornar conhecida a sua grande necessidade. Os que levam responsabilidades em conexão com a obra de Deus, devem compreender que estão sob a mais solene obrigação de ajudar a essas almas; e estariam preparados para ajudá-las caso eles mesmos tivessem retido a influência branda e subjugadora do amor de Cristo. Será que estas pobres almas, prontas a perecer, deles esperam auxílio? -- Não; esperaram até não terem mais esperança de auxílio dessa parte. Não vêem uma mão estendida para salvar. TM 353 2 Assim me foi apresentada a questão: Um homem afundando, lutando em vão com as ondas, descobre um barco e com as últimas forças que lhe restam consegue alcançá-lo, e se apega à sua borda. Tão fraco está que não pode falar, mas a agonia estampada em seu rosto, despertaria piedade em qualquer coração tocado de humana ternura. Mas estendem os ocupantes do barco as mãos para o erguer e pôr dentro? -- Não! Todo o Céu observa ao empurrarem esses homens as mãos fracas que se agarram, e um ser sofredor afunda sob as vagas, para não mais se levantar. Tal cena tem-se repetido vezes seguidas. Tem sido testemunhada por Aquele que deu Sua vida para resgatar justamente tais almas. O Senhor tem estendido Sua própria mão para salvar. O próprio Senhor tem feito a obra que Ele deixou para o homem fazer, no revelar a piedade e compaixão de Cristo para com os pecadores. Jesus disse: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis." A cada um de nós revela o Calvário as profundezas desse amor. TM 354 1 Há almas em trevas, cheias de remorso, dor e angústia, que ainda sentem que Deus é justo e bom. O Senhor lhes conserva viva no coração a centelha da esperança. A pobre e obscurecida alma pensa: Se eu tão-somente me pudesse apresentar diante de Deus, e pleitear meu caso, Ele apiedar-Se-ia por amor de Cristo, e esse terrível temor e agonia seriam aliviados. Tem procurado falar aos homens, e tem sido rudemente repelida, reprovada e escarnecida por seus supostos amigos. Algumas vezes as reprovações amontoadas sobre a sua cabeça quase têm destruído a última centelha de esperança. A alma cônscia de sinceras e honestas intenções verifica que tem menos a temer de Deus do que dos homens que têm coração de aço. A alma afligida pela agonia humana, desvia-se do falso juízo e da condenação de homens que não podem ler o coração e assim mesmo assumem a responsabilidade de julgar aos seus semelhantes. Volta-se para Aquele que não tem uma sombra de mal-entendimento, Aquele que conhece todos os impulsos do coração, que está familiarizado com todas as circunstâncias de tentação. Deus conhece cada ato da vida passada, e assim mesmo ao considerar tudo isso, está a alma atribulada pronta para Lhe confiar seu caso, sabendo que Ele é um Deus de misericórdia e compaixão. Caiamos nas mãos de Deus TM 354 2 Quando se ordenou a Davi que escolhesse o castigo do seu pecado, ele disse: "Caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas sãs as Suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu." Ele achou que Deus conhecia a luta e a angústia da alma. Quando alguém é habilitado a obter um vislumbre do caráter de Deus, não vê nEle o espírito insensível e vingativo manifestado pelos agentes humanos; vê que a aflição e as provas são os meios designados por Deus para disciplinar Seus filhos, e lhes ensinar Seu caminho, para que se apeguem à Sua graça. "Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus." Ao ser o pobre desviado conduzido ao rio do amor de Deus, exclama: Quando me tiver provado, sairei como ouro purificado. A alma sofredora se torna paciente, confiante, triunfante em Deus sob circunstâncias adversas. TM 355 1 "Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." "Visto que temos um grande Sumo Sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos Céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno." "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel para se apartar do Deus vivo." TM 355 2 Quando o homem finito e sujeito ao erro dá provas de se considerar de maior importância do que Deus, quando se julga justo, mas não manifesta a brandura de espírito que caracterizou a vida de nosso Senhor Jesus, podemos saber que, a não ser que se arrependa, o castiçal será imediatamente removido de seu lugar. Todo o Céu está atônito ante a terrível indiferença dos agentes humanos. Homens que são tentados a cair em pecado, e necessitam de perdão, estão assim mesmo cheios de suficiência própria e são insensíveis para com um irmão que caiu nas ciladas do inimigo, e cuja necessidade e perigo deviam causar simpatia cristã e esforço para lhe firmar os pés sobre a sólida Rocha. Um engano fatal TM 356 1 Há no espírito humano um engano muito temível e fatal. Porque homens estão em posição de confiança, ligados com a obra de Deus, exaltam-se na sua própria consideração, e não discernem que outras almas igualmente tão preciosas à vista de Deus como a deles, são negligenciadas, tratadas com aspereza, magoadas, feridas e deixadas a morrer. TM 356 2 É preciso o poder convertedor de Deus sobrevir aos homens que lidam com as coisas sagradas, e no entanto são incapazes, por alguma razão que Deus conhece melhor, de distinguir entre o fogo sagrado que Deus mesmo acendeu e o fogo estranho que eles oferecem. Esse fogo estranho é tão desonroso a Deus como o que foi apresentado por Nadabe e Abiú. O fogo sagrado do amor de Deus tornaria os homens brandos, bondosos e compassivos para com os que estão em perigo. Os que transigem com palavras cortantes, altivas, estão realmente dizendo: Sou mais santo do que tu. Não vês minha exaltada posição? TM 356 3 Mas a posição não faz o homem. E a integridade de caráter, o Espírito de Cristo que o torna grato, nada interesseiro, sem parcialidade e sem hipocrisia: e para Deus isto é que tem valor. Àqueles cuja vida está escondida com Cristo em Deus, diz o Senhor: "Eis que nas palmas das Minhas mãos te tenho gravado; os teus muros estão continuamente perante Mim." TM 357 1 Para todos os que estão em posição de responsabilidade, tenho uma mensagem proferida pela boca do Senhor: O capítulo cinqüenta e cinco de Isaías. Estudai este capítulo, e nenhum ser humano considere estar acima dos seus coobreiros por maiores responsabilidades estarem envolvidas em seu ramo de trabalho. Se ele for como Daniel e buscar a força que só pode vir de Deus, para poder representar não a si mesmo, não suas imperfeições nas práticas egoístas e fraudulentas, mas a verdade em justiça, não terá um vestígio de orgulho ou importância própria; mas será dominado pelo espírito da sabedoria de Deus. O fogo sagrado e o estranho TM 357 2 Representará a santidade da obra, magnificará a verdade e sempre apresentará diante dos homens e dos anjos o santo perfume do caráter de Cristo. Este é o fogo sagrado que Deus mesmo acendeu. Tudo que disto se desviar é fogo estranho, detestável para Deus, e tanto mais ofensivo quanto a posição de alguém na obra envolva maiores responsabilidades. TM 357 3 Tenho uma mensagem de Deus aos pecadores de Sião, àqueles a quem Cristo diz: "Sê vigilante, e confirma os restantes que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus." Precisais oferecer sempre fogo sagrado; pois então as obras de Cristo, Seu amor, Sua misericórdia, Sua justiça, ascenderão diante de Deus, como uma nuvem de santo e fragrante incenso, inteiramente aceitável. TM 357 4 Mas fogo estranho tem sido oferecido no emprego de palavras ásperas, na arrogância, na exaltação própria, na justiça própria, na autoridade arbitrária, no tiranizar, na opressão, ao restringir a liberdade do povo de Deus, sujeitando-os por meio de vossos planos e regras, que Deus não traçou, nem Lhe vieram à mente. Todas essas coisas são fogo estranho, não reconhecido por Deus, sendo uma contínua deturpação de Seu caráter. TM 358 1 Tenho uma mensagem para vós: "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os Céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não torna, mas rega a terra, e a faz produzir e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da Minha boca: ela não voltará para Mim vazia, antes fará o que Me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei." TM 358 2 "O juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal, arrisca-se a ser despojado; e o Senhor ouviu e pareceu mal aos Seus olhos que não houvesse justiça. E viu que ninguém havia, e maravilhou-Se de que não houvesse um intercessor; pelo que o Seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a Sua própria justiça o susteve; porque Se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na Sua cabeça, e tomou vestidos de vingança por vestidura, e cobriu-Se de zelo, como de um manto. ... Então temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do Sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira. E virá um Redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor." "Não terás outros deuses diante de mim" TM 359 1 Granville, Austrália TM 359 2 Setembro de 1895 TM 359 3 Não acho sossego de espírito. Cena após cena é-me apresentada em símbolos, e não tenho sossego enquanto não comece a escrever a questão. No centro da obra, estão as questões sendo amoldadas de tal maneira que todas as instituições estão seguindo o mesmo rumo. E a própria Associação Geral se está corrompendo com sentimentos e princípios errôneos. Na elaboração dos planos, manifestam-se os mesmos princípios que têm dominado as coisas em Battle Creek por bom espaço de tempo. TM 359 4 Foi-me mostrado que a nação judaica não foi levada repentinamente à sua condição de pensamentos e práticas. De geração em geração forjavam falsas teorias, seguiam princípios opostos à verdade e combinavam com sua religião, pensamentos e planos que eram o produto de espíritos humanos. As invenções humanas tornaram-se supremas. TM 359 5 Os santos princípios dados por Deus são apresentados como sendo fogo sagrado, mas o fogo comum é usado em lugar do sagrado. Planos contrários à verdade e à justiça são introduzidos de maneira sutil, sob a alegação de que isto deve ser feito, "porque é para o avanço da causa de Deus". Mas são as invenções dos homens que levam à opressão, injustiça e impiedade. A causa de Deus está livre de toda a mancha de injustiça. Não pode ela obter vantagem roubando aos membros da família de Deus sua individualidade ou seus direitos. Todas essas práticas são aborrecíveis a Deus. Ele não inspira práticas tais como as que são adotadas em vossos concílios com respeito à publicação de livros. TM 360 1 O Senhor não aceita tais transações; a prosperidade não acompanha tais ações. Os homens que estão ligados com a Sua obra têm tratado com injustiça, e é tempo de fazer alto. Lide o homem com o homem segundo os princípios dos Dez Mandamentos, não ignorando esses princípios nas transações comerciais. Falsas proposições são consideradas verdade e justiça, e então tudo é feito de tal maneira que ponha em execução essas proposições, que não estão de acordo com a vontade de Deus, sendo antes uma deturpação de Seu caráter. TM 360 2 O grande, santo e misericordioso Deus nunca Se ligará a práticas desonestas; não vindicará nenhum traço de injustiça. Têm os homens tirado injusta vantagem sobre aqueles que eles supõem estarem sob sua jurisdição. Determinaram coagir os indivíduos; governariam ou arruinariam. Não haverá mudança material até que haja um decidido movimento no sentido de trazer uma diferente ordem de coisas. TM 360 3 Não sejam adotados em qualquer de nossas instituições planos ou métodos que prendam o espírito ou o talento sob o domínio do juízo humano, pois esta não é a ordem de Deus. Deus tem dado aos homens talentos de influência que só a Ele pertencem, e não pode haver maior desonra a Deus do que um agente finito pôr os talentos de outros homens sob seu absoluto controle, mesmo que os benefícios deles auferidos sejam usados para vantagem da causa. Em tais arranjos o espírito de um homem é governado pelo espírito de outro, e o agente humano é separado de Deus e exposto à tentação. Tendem os métodos de Satanás para um fim: Tornar homens escravos de homens. E quando assim acontece, a confusão, a desconfiança, o ciúme e as más suspeitas disso resultam. Tal atitude destrói a fé em Deus e nos princípios que devem dominar para expurgar o engano e toda a espécie de egoísmo e de hipocrisia. O poder despótico TM 361 1 O poder despótico que se tem desenvolvido, como se a posição tivesse feito dos homens deuses, faz-me temer, e deveria causar temor. É uma maldição onde quer e por quem quer que seja exercido. Esse domínio sobre a herança de Deus criará tal desagrado da jurisdição humana que resultará um estado de insubordinação. O povo está aprendendo que não se pode confiar aos homens que detêm elevadas posições de responsabilidade formar e amoldar o espírito e o caráter de outros homens. O resultado será a perda da confiança até mesmo na direção de homens fiéis. Mas o Senhor suscitará trabalhadores que reconheçam sua própria insignificância sem o auxílio especial de Deus. TM 361 2 Século após século vem Jesus concedendo Seus bens à Sua igreja. Na época do primeiro advento de Cristo ao nosso mundo, exerciam os homens que compunham o Sinédrio sua autoridade dominando os homens segundo sua vontade. Assim as almas por quem Cristo deu a vida, a fim de libertá-las da servidão de Satanás, eram colocadas de outra forma em sujeição a ele. TM 361 3 Reconhecemos nós individualmente a nossa verdadeira posição, a de que como servos assalariados de Deus não devemos barganhar nossa mordomia? Temos uma responsabilidade individual diante do universo celeste, quanto a administrar o depósito que por Deus nos foi confiado. Nosso próprio coração deve ser despertado. Devem nossas mãos ter algo a repartir das rendas que Deus nos confiou. Os mais humildes de nós podem ser agentes de Deus, usando seus dons para a glória de Seu nome. Aqueles que aproveitam os seus talentos ao máximo de sua capacidade, podem apresentar suas ofertas a Deus como uma dádiva sagrada que diante dEle seja como que incenso fragrante. É dever de cada pessoa cuidar de que seus talentos sejam devolvidos com vantagem como uma dádiva que ela deve devolver, tendo feito o máximo para melhorá-la. TM 362 1 O espírito de domínio está se estendendo até aos presidentes de nossas associações. Se um homem ansioso de exercer seus próprios poderes procura ter domínio sobre seus irmãos, achando que foi investido de autoridade para fazer de sua vontade o poder dominante, o melhor e único rumo seguro é removê-lo, para que não haja mal maior e ele perca sua própria alma e ponha em perigo a alma de outros. "Todos vós sois irmãos." A disposição de mandar sobre a herança de Deus causará reação, a menos que esses homens mudem de atitude. Os que têm autoridade devem manifestar o espírito de Cristo. Devem lidar como Ele lidaria com cada caso que requer atenção. Devem ir possuídos do Espírito Santo. A posição de um homem não o torna um jota ou um til maior à vista de Deus; é só o caráter que Deus toma em consideração. TM 362 2 A bondade, a misericórdia e o amor de Deus foram por Cristo proclamados a Moisés. Esse era o caráter de Deus. Quando os homens que professam servir a Deus Lhe ignoram o caráter paternal e se apartam da honra e da justiça ao lidar com seus semelhantes, Satanás exulta, pois ele lhes inspirou seus atributos. Estão seguindo no rumo do romanismo. Nas pegadas do romanismo TM 363 1 Aqueles a quem se ordena representar os atributos do caráter do Senhor saem da plataforma bíblica, e em seu próprio juízo humano inventam regras e resoluções para forçar a vontade de outros. Os inventos para forçar os homens a seguir as prescrições de outros homens, estão instituindo uma ordem de coisas que anula a simpatia e a terna compaixão; que cega os olhos para a misericórdia, a justiça e o amor de Deus. A influência moral e a responsabilidade pessoal são pisadas a pés. TM 363 2 A justiça de Cristo pela fé tem sido passada por alto por alguns; pois é contrária ao seu espírito e a toda a experiência de sua vida. Governar, governar, tem sido sua atitude. Satanás tem tido a oportunidade de se fazer representar. Quando alguém que professa ser representante de Cristo se dá a um trato áspero, e a impelir homens a situações difíceis, os que assim são oprimidos, ou romperão todos os grilhões da restrição, ou serão levados a considerar a Deus como um duro Senhor. Alimentam maus sentimentos contra Deus, e a alma dEle se aliena, justamente como Satanás planejou que fosse. TM 363 3 Essa dureza de coração da parte de homens que pretendem crer na verdade, Satanás lança à conta da influência da própria verdade, e assim homens ficam desgostosos e se afastam da verdade. Por esta razão não deve nenhum homem ter responsável ligação com nossas instituições se pensa não ser questão importante ter ele um coração de carne ou um coração de aço. TM 363 4 Alguns homens pensam estar representando a justiça de Deus, mas não Lhe representam a ternura e o grande amor com que Ele nos amou. Suas invenções humanas que se originam nos especiosos estratagemas de Satanás parecem suficientemente justos aos olhos cegos dos homens, porque são inerentes à sua natureza. Uma mentira crida e praticada para ele se torna uma verdade. Assim se realiza o propósito das instrumentalidades satânicas de que os homens chegassem a essas conclusões pela operação de suas próprias mentes inventivas. TM 364 1 Mas como caem os homens em tal erro? -- Começando com falsas premissas, e então fazendo com que tudo prove que a verdade é erro. Em alguns casos os primeiros princípios têm uma medida de verdade entrelaçada com o erro, mas não leva a qualquer ação justa, e este é o motivo de os homens serem desviados. Para poderem reinar e tornar-se uma força, empregam os métodos de Satanás para justificar seus próprios princípios. Exaltam-se como homens de juízo superior, e têm permanecido como representantes de Deus. São eles deuses falsos. Sob que bandeira? TM 364 2 24 de Setembro. TM 364 3 Tudo em nosso mundo está em agitação. Os eventos futuros lançam suas sombras adiante. Verdadeiramente ameaçadores são os sinais dos tempos. Não há segurança em coisa alguma que seja humana ou terrena. Os quatro anjos seguram os ventos; um momento de trégua tem-nos sido graciosamente dado por Deus. Todo o poder que nos é emprestado por Deus, seja físico, mental ou moral, deve ser sagradamente alimentado para fazer a obra que nos foi designada em favor de nossos semelhantes que perecem em sua ignorância. A advertência deve ir a todas as partes do mundo. Não deve haver demora. TM 364 4 Rapidamente se estão os homens arregimentando sob a bandeira que escolheram, desassossegadamente aguardando e vigiando os movimentos de seus chefes. Há os que vigiam e aguardam e estão trabalhando pela vinda do Senhor; enquanto outro grupo está rapidamente se enfileirando nas linhas que estão sob o comando do primeiro grande apóstata. Esperam um Deus na humanidade, e Satanás personifica aquele a quem eles procuram. Multidões serão tão enganadas devido à sua rejeição da verdade, que aceitarão a imitação. A humanidade é saudada como sendo Deus. TM 365 1 Alguém desceu das cortes celestes para representar a Deus na forma humana. O Filho de Deus Se fez homem e habitou entre nós. "NEle estava a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não O compreenderam. ... Ali estava a luz verdadeira que alumia a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os Seus não O reconheceram. Mas, a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus." TM 365 2 Há apenas dois grupos. Satanás opera com o seu poder enganador e errado, e mediante grandes enganos apanha todos os que se não firmam na verdade, os que tiverem desviado seus ouvidos de ouvi-la, e se têm voltado para as fábulas. Satanás mesmo não se firmou na verdade; ele é o mistério da iniqüidade. Pela sua subtileza dá ele aos seus erros destruidores da alma a aparência de verdade. Nisto está o seu poder de enganar. É por ser uma imitação da verdade que o espiritismo, o teosofismo e idênticos enganos alcançam tanto poder sobre o espírito dos homens. Nisto consiste a magistral operação de Satanás. Pretende ele ser o salvador do homem, o benfeitor da raça humana, e assim com mais presteza engoda suas vítimas atraindo-as para a perdição. TM 365 3 Adverte-nos a Palavra de Deus que insone vigilância é o preço da segurança. Somente no caminho estreito da verdade e da justiça podemos nós escapar do poder do tentador. Mas o mundo está engodado. Satanás exerce sua habilidade ideando inúmeros planos e métodos para realizar seus propósitos. Para ele a dissimulação se tornou uma fina arte, e opera disfarçado em anjo de luz. Somente os olhos de Deus podem discernir seus projetos para contaminar o mundo com princípios falsos e ruinosos, que trazem estampadas a aparência de genuína bondade. Ele trabalha para restringir a liberdade religiosa, e para introduzir no mundo religioso uma espécie de escravidão. A menos que sejam guardadas pelo poder de Deus, as organizações e instituições trabalharão sob as ordens arbitrárias de Satanás para pôr os homens sob o controle dos homens; e a fraude e o engano terão a aparência de zelo pela verdade e pelo avanço do reino de Deus. Tudo que praticamos que não seja tão claro como o dia, pertence aos métodos do príncipe do mal. Seus métodos são praticados mesmo entre adventistas do sétimo dia, que pretendem ter luz avançada. TM 366 1 Se os homens resistirem às advertências que o Senhor lhes envia, tornam-se até mesmo líderes de más práticas; tais homens pretendem exercer prerrogativas de Deus -- atrevem-se a fazer o que Deus mesmo não fará, ao buscarem dominar a mente dos homens. Introduzem seus próprios métodos e planos, e, devido à sua falsa concepção de Deus, enfraquecem a fé dos outros na verdade, e introduzem falsos princípios que atuarão como fermento para macular e corromper nossas instituições e igrejas. Tudo o que diminua a concepção humana quanto à justiça e a eqüidade, e o juízo imparcial, qualquer artimanha ou preceito que coloque os agentes humanos de Deus sob o domínio de espíritos humanos, enfraquece a sua fé em Deus. Separa de Deus a alma, pois desvia do caminho da estrita integridade e justiça. TM 366 2 Deus não justificará qualquer estratagema pelo qual o homem, ainda que seja no mínimo grau, domine ou oprima os seus semelhantes. TM 367 1 A única esperança do homem caído é olhar para Jesus e O receber como o único Salvador. Logo que um homem comece a fazer uma regra de ferro para os outros homens, logo que comece a ajaezar e a tocar os homens segundo a sua própria vontade, desonra a Deus e põe em perigo sua própria alma e a de seus irmãos. O homem pecaminoso só pode encontrar esperança e justiça em Deus; e nenhum ser humano é justo além do tempo em que tem fé em Deus e com Ele mantém vital ligação. A flor do campo precisa ter a sua raiz no solo; deve ter ar, orvalho, chuva e luz do Sol. Só florescerá se receber essas vantagens, e todas elas vêm de Deus. O mesmo se dá com o homem. Recebemos de Deus aquilo que contribui para a vida da alma. Somos advertidos a não confiar no homem, nem a fazer da carne o nosso braço. Sobre todos os que assim fazem é pronunciada uma maldição. Jesus e Nicodemos TM 367 2 Nicodemos procurou à noite uma entrevista com Jesus, dizendo: "Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus: Porque ninguém pode fazer esses sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele." Tudo isso era verdade no que a isso diz respeito; mas o que disse Jesus? -- Ele "respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". Aqui estava um homem em elevada posição de confiança, um homem que era observado como alguém educado nos costumes dos judeus, alguém cujo espírito estava cheio de sabedoria. Possuía ele verdadeiramente talentos de caráter extraordinário. Não queria ir a Jesus de dia, pois isso o tornaria alvo de observações. Seria demasiado humilhante a um dirigente dos judeus reconhecer que simpatizava com o desprezado Nazareno. Nicodemos pensa: Averiguarei eu mesmo quanto à missão e os reclamos deste Mestre, se Ele é em verdade a luz para alumiar os gentios, e a glória de Israel. TM 368 1 Jesus virtualmente diz a Nicodemos: Não é controvérsia que ajudará teu caso; não são argumentos que trarão luz à alma. Deves ter um novo coração, ou então não poderás discernir o reino dos Céus. Não é maior evidência que te levará para uma posição correta; mas novos propósitos, novas fontes de ação. Deves nascer de novo. A não ser que ocorra tal mudança, tornando novas todas as coisas, as mais fortes evidências que pudessem ser apresentadas seriam inúteis. A falta está em teu próprio coração; tudo deve ser mudado, ou não poderás ver o reino de Deus. TM 368 2 Foi esta uma declaração muito humilhante para Nicodemos, e com sentimento de irritação pegou as palavras de Cristo, dizendo: "Como pode um homem nascer, sendo velho?" Não tinha ele mentalidade espiritual suficiente para discernir a significação das palavras de Cristo. Mas o Salvador não enfrenta argumento com argumento. Levantando a mão com solene e calma dignidade, insiste na verdade com maior certeza: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra aonde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes de onde vem nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." Disse-Lhe Nicodemos: "Como pode ser isso?" TM 368 3 Alguns raios da verdade estavam penetrando na mente do príncipe. As palavras de Cristo encheram-no de respeitoso temor, e o levaram a indagar: "Como pode ser isso?" Com profunda sinceridade Jesus respondeu: "Tu és Mestre de Israel, e não sabes isso?" Suas palavras dão a Nicodemos a lição de que em vez de se sentir irritado com as claras palavras da verdade e condescender com a ironia, devia ele ter uma opinião mais humilde de si mesmo, devido à sua ignorância espiritual. No entanto, as palavras de Cristo eram pronunciadas com tanta solenidade, e tanto o olhar como o tom de voz exprimiam tão ardoroso amor para com ele, que não ficou ofendido, ao reconhecer sua humilhante posição. TM 369 1 Certamente alguém a quem foram confiados os interesses religiosos do povo não devia ignorar verdade tão importante para eles compreenderem, como era a condição de entrada no reino dos Céus. "Na verdade, na verdade te digo", continuou Jesus, "que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?" Esta lição é para nós hoje TM 369 2 Esta lição a Nicodemos, apresento como sumamente aplicável para os que estão hoje em posições de responsabilidade como guias em Israel, e cujas vozes freqüentemente se fazem ouvir nos concílios dando evidências do mesmo espírito que Nicodemos possuía. Terá a lição dada ao príncipe a mesma influência sobre o coração e a vida deles? Nicodemos se converteu em resultado dessa entrevista. As palavras de Cristo são pronunciadas com a mesma veracidade aos presidentes de Associações, anciãos de igrejas e aos que ocupam posição de oficiais em nossas instituições: "Na verdade, na verdade, te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus." "E vos darei um coração novo." TM 369 3 Se tiverdes o Espírito Santo formando e moldando diariamente vosso coração, então tereis visão divina para perceber o caráter do reino de Deus. Nicodemos aceitou a lição de Cristo e se tornou verdadeiro crente. Sua voz se fez ouvir no concílio do Sinédrio em oposição às medidas por eles adotadas para conseguir a morte de Cristo. "Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir?" disse ele. Veio em réplica a desdenhosa resposta: "És tu também da Galiléia? Examina, e verás que da Galiléia nenhum profeta surgiu." TM 370 1 Jesus teve um discípulo em Nicodemos. Naquela conferência noturna com Jesus, o convicto homem esteve diante do Salvador sob a influência amenizadora e subjugadora da verdade que lhe brilhava nas recâmaras da mente, impressionando-lhe o coração. Jesus disse: "Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis se vos falar das celestiais? Ora, ninguém subiu ao Céu, senão o que desceu do Céu, o Filho do homem, que está no Céu." Não somente diz Jesus a Nicodemos que deve ter um novo coração para poder ver o reino dos Céus, mas também lhe diz como obter um novo coração. Ele lê a mente inquiridora de alguém que verdadeiramente busca a verdade, e lhe apresenta a representação de Si mesmo: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Boas novas! Boas novas! ecoa por todo o mundo. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." É esta uma das lições de maior importância para cada alma vivente; pois as condições da salvação são aqui apresentadas em linhas distintas. Se alguém não tivesse outro texto da Bíblia, só este seria um guia para a alma. TM 370 2 Especialmente para todo o homem que aceita as responsabilidades de conselheiro, todo aquele que lida com almas humanas, deve esta grandiosa e bela verdade ser brilhante e resplandecente luz. Não é honra para o que está de posse da Palavra de Deus, dizer: "Não tenho experiência. Não compreendo essas coisas." Nunca será ele mais sábio enquanto não se tornar de muito menos importância aos seus próprios olhos. Deve aprender a lição como uma criancinha. Deve tornar seu primeiro dever compreender a obra de Deus na regeneração da alma. Tal mudança deveria ter lugar em cada homem antes que este aceite a posição de líder ou governante em ligação com a sagrada obra de Deus. Se a pessoa não tiver vital ligação com Deus, prevalecerão seu próprio espírito e sentimentos. Bem podem eles ser representados como fogo estranho oferecido em lugar do sagrado. O homem tem entremeado na obra de Deus seus próprios defeitos de caráter, invenções humanas e terrenas, enganos que servem de armadilha para eles mesmos e para todos os que os aceitam. O juízo de Amaleque TM 371 1 Deus empenha sua santíssima Palavra de que Ele vos abençoará se andardes em Seus caminhos e praticardes a justiça e o juízo. "Na tua bolsa não terás diversos pesos, um grande e um pequeno. Na tua casa não terás duas sortes de efa, uma grande e uma pequena. Peso inteiro e justo terás; efa inteira e justa terás; para que se prolonguem os teus dias na terra que te dará o Senhor Deus. Porque abominação é ao Senhor teu Deus todo aquele que faz isto, todo aquele que fizer injustiça. Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saíeis do Egito; como te saiu ao encontro no caminho, e te derribou na retaguarda todos os fracos que iam após ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a Deus." TM 372 1 Não obstante freqüentemente terem os filhos de Israel entristecido ao Senhor por se afastarem de Seus conselhos, assim mesmo tinha Ele terno cuidado para com eles. Viu o Senhor Jesus que seus inimigos tiravam vantagem de suas circunstâncias, para os prejudicar; pois essa obra devia trazer sofrimento aos cansados que jornadeavam sob a direção de Deus. Ouvi os juízos que Deus pronunciou: "Será pois que, quando o Senhor teu Deus te tiver dado repouso de todos os inimigos em redor, na terra que o Senhor teu Deus te dará por herança, para possuí-la, então apagarás a memória de Amaleque de debaixo do Céu; não te esqueças." TM 372 2 Escrevo estas Palavras de Deus a fim de que os que professam ser Seus filhos não recebam a maldição pronunciada sobre Amaleque, por lhe haverem seguido as práticas. Se os pagãos tiverem essa denúncia de sua atitude por submeterem o cansado e o afadigado, como Se exprimirá o Senhor para com os que têm tido luz, grandes oportunidades e privilégios, mas não têm manifestado o espírito de Cristo para com os seus próprios irmãos? TM 372 3 O Senhor vê todo o trato de um irmão para com o outro, que enfraquece a fé e enfraquece a confiança neles mesmos como homens que lidam com justiça e eqüidade. Na mais positiva linguagem expressa Ele Seu desprazer ante a iniqüidade praticada no comércio. Diz Ele: "Seria Eu limpo com balanças falsas? e com um saco de pesos enganosos?" Pode ser que o mesmo mal aqui mencionado não tenha sido cometido em nossas instituições, mas atos que estas coisas representam têm sido e ainda estão sendo feitas. TM 372 4 Uma página após outra poderia ser escrita com relação a estas coisas. Associações inteiras estão se tornando levedadas com os mesmos princípios pervertidos. "Porque os seus ricos estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras; e a sua língua é enganosa na sua boca." O Senhor operará para purificar Sua igreja. Digo-vos com verdade que o Senhor está prestes a virar e transtornar as instituições chamadas pelo Seu nome. TM 373 1 Justamente quão cedo começará esse processo purificador, não posso dizer, mas não será protelado por muito tempo. Aquele que tem em Sua mão o crivo de joeirar purificará Seu templo de toda a impureza moral. Limpará completamente Sua eira. Deus tem uma controvérsia com todos os que praticam a mínima injustiça; pois assim procedendo rejeitam a autoridade de Deus e põem em perigo seu interesse na expiação, a redenção que Cristo efetuou para todo o filho e filha de Adão. Valerá a pena seguir um rumo que a Deus seja aborrecível? Valerá a pena pôr fogo estranho em nossos incensários para oferecer diante de Deus, e dizer que isso não faz diferença? TM 373 2 Não tem estado de acordo com a ordem de Deus centralizar tanto em Battle Creek. O estado de coisas que agora existe foi-me apresentado como advertência. Dói-me o coração ante a apresentação. O Senhor deu advertências para evitar essa desmoralizadora condição, mas estas não têm sido atendidas. "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens." TM 373 3 Apelo aos meus irmãos para que despertem. A não ser que haja uma rápida mudança, devo apresentar os fatos ao povo; pois este estado de coisas deve mudar; homens não convertidos não devem por mais tempo ser gerentes e diretores de tão importante e sagrada obra. Com Davi somos forçados a dizer: "Já é tempo de operares, ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." O Senhor tem uma controvérsia com seu povo TM 374 0 Cooranbong, Austrália, 5 de Julho de 1896. TM 374 1 Deve-se ter o cuidado de ensinar a cada homem sua dependência de Deus; pois Ele é a fonte de toda a sabedoria, poder e eficiência. Foi-me mostrado que é um erro supor que os homens que estão em posições de especial responsabilidade em Battle Creek tenham sabedoria muito superior à dos homens comuns. Os que assim pensam, supondo que tenham iluminação divina, confiam no juízo humano desses homens, tomando os seus conselhos como sendo a voz de Deus. Mas isto não é seguro; pois a não ser que os homens estejam inteiramente consagrados a Deus, Satanás trabalhará por meio deles a fim de transmitir aquele conhecimento que nem será para o bem presente nem para o bem eterno dos que ouvem. TM 374 2 Muitos têm-se educado a pedir verbalmente ou por escrito conselho e opinião sempre que levados a situações difíceis. Mas é um erro os que são colocados em posições de responsabilidade em nossas várias instituições dependerem de homens que têm todos de levar demasiados fardos e responsabilidades. A sorte dos que são ensinados a depender inteiramente dos outros, será uma experiência fraca e doentia. Aqueles em quem confiam podem ter menos temor de Deus do que eles mesmos; e não ter mais poder mental e talento do que é seu privilégio possuir, se tão-somente reconhecerem que não devem ser crianças, mas homens firmes, bravos, procurando alcançar mais capacidade pelo exercício daquilo que já têm, negociando com os talentos que Deus lhes emprestou. Somos individualmente responsáveis pelo uso dos talentos que Deus nos deu. Nosso intelecto deve ser cultivado. Pensamento diligente e árduo deve ser dedicado à solução das dificuldades. TM 375 1 Para cada homem tem o Senhor designado um trabalho, e, se Ele coloca homens em posições de responsabilidade, comunicar-lhes-á Seu Santo Espírito, dando-lhes eficiência em seu trabalho. Mas os homens chamados para fazerem longas e dispendiosas viagens para ajudar a outros a idear e planejar, não estão eles mesmos em íntima ligação com o Deus de toda a sabedoria, quando põem sua confiança em sua própria força e sabedoria. Se não estiverem dispostos a levar o jugo de Cristo, ou a aprender em Sua escola, a serem mansos e humildes de coração como Ele é; se não tiverem aprendido a erguer os fardos que Deus lhes deu, e a seguir para onde quer que Ele os conduza, que adiantam essas dispendiosas viagens? De que vale sua sabedoria? Não é ela considerada loucura para Deus? Ensinai isso ao povo TM 375 2 Podem as associações de Estados depender da Associação Geral no sentido de receber luz, conhecimento e sabedoria; mas será seguro fazê-lo? Battle Creek não deve ser o centro da obra de Deus. Só Deus pode preencher esse lugar. Quando o nosso povo de diferentes lugares têm suas convocações especiais, ensinai-lhes por amor de Cristo e da sua própria alma a não fazerem da carne o seu braço. Não há poder no homem para ler o coração de seus semelhantes. O Senhor é o único em quem podemos confiar com segurança; e Ele é acessível em todo o lugar e a cada igreja da União. Colocar o homem onde Deus devia estar, não honra nem glorifica a Deus. Deve o presidente da Associação Geral ser o deus do povo? Devem os homens de Battle Creek ser considerados de sabedoria infinita? Quando o Senhor trabalhar no coração dos homens e no intelecto humano, serão estabelecidos diante do povo princípios e práticas diferentes destas. "Deixai-vos pois do homem." TM 376 1 O Senhor tem uma controvérsia com Seu povo, sobre esta questão. Por que têm abandonado o Senhor seu Deus que tanto os amou "que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna"? Seu amor não é incerto e flutuante, antes está muito mais acima de todo o outro amor do que os Céus estão acima da Terra. Sempre vigia Seus filhos com um amor incomensurável e eterno. "Oh, profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos"! TM 376 2 "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Misericórdia, amor e sabedoria são encontrados em Deus; mas muitos dos que professam conhecê-Lo têm-se desviado dAquele em quem se centraliza nossa esperança de vida eterna; e se têm educado a depender de seus semelhantes sujeitos ao erro e falíveis. São inválidos espiritualmente quando assim o fazem; pois nem um homem é infalível, e sua influência pode ser exercida no sentido de desviar. Aquele que confia no homem não somente se apóia numa cana quebrada, e dá a Satanás a oportunidade de se introduzir, mas prejudica também aquele em quem é depositada a confiança; ele se torna exaltado na estima de si mesmo, e perde o senso de sua dependência de Deus. Logo que um homem é colocado onde Deus deve estar, perde ele sua pureza, seu vigor, sua confiança no poder de Deus. O resultado é confusão moral, porque suas faculdades se tornam não santificadas e pervertidas. Considera-se competente para julgar seus semelhantes e ilegalmente se esforça por ser um deus sobre eles. "Haja em vós o mesmo sentimento" TM 377 1 Mas na obra de Deus não deve haver exaltação própria. Por mais que saibamos, por maiores que sejam nossos dotes mentais, nenhum de nós se pode jactar, pois o que possuímos é apenas um dom confiado, que nos é emprestado por experiência. O fiel aperfeiçoamento desses dotes, decide nosso destino para a eternidade; mas nada temos de que exaltar o eu ou elevar-nos, pois o que temos não é nosso. TM 377 2 Devemos ser corteses com todos, bondosos e compassivos; pois esse foi o caráter que Cristo manifestou na Terra. Quanto mais intimamente estivermos unidos com Jesus Cristo, mais terna e afetuosa será nossa conduta uns para com os outros. A redenção da raça humana foi planejada a fim de que o homem, caído como estava, pudesse participar da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Se pela Sua graça nos tornarmos participantes da natureza divina, nossa influência sobre os que nos rodeiam não será mais perigosa, mas benéfica. Olhando a Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé, podemos ser uma bênção para todos aqueles com quem nos associamos; pois o poder do Espírito Santo no coração humano, pode torná-lo e conservá-lo puro. TM 377 3 Os que não recebem a Cristo como seu Salvador pessoal, os que não sentem a necessidade de Sua graça no coração e no caráter, não podem influenciar para o bem aos que os rodeiam. Seja qual for seu estado de vida, levarão consigo uma influência que Satanás usará em seu serviço. Tais pessoas perdem toda a sua esperança da vida eterna elas mesmas, e pelo seu mau exemplo levam outros a se desviarem. Estudai a cruz TM 377 4 A cruz do Calvário tudo significa para as almas que perecem. Pelo sofrimento e pela morte do Filho do homem, tornou-se possível a salvação do homem. Por meio do Espírito Santo determina Deus que Sua imagem seja restaurada na humanidade, para que um novo e vivo princípio de vida seja introduzido nas mentes que foram corrompidas pelo pecado. O amor de Deus é inteiramente capaz de restaurar, reedificar, animar e fortalecer a toda a alma crente que aceite a verdade como esta é em Jesus. Mas para que isto se possa realizar, devem os homens tomar o jugo com Cristo. Deve a cruz de Cristo ser estudada. Deve fixar a atenção e conservar os afetos. O sangue que ali foi derramado pelos pecados purificará e limpará a mente e o coração de toda espécie de egoísmo. Santificado pela verdade TM 378 1 Deus é o autor de toda a verdade; e a verdade posta em prática prepara o caminho para verdades mais adiantadas. Quando os servos delegados por Deus proclamam nova verdade, o Espírito Santo Se move sobre a mente que foi preparada pelo andar na luz, avivando as faculdades perceptivas para que discirnam a beleza e majestade da verdade. TM 378 2 Mas a verdade não será verdade para o que não demonstra, pela elevação espiritual de seu caráter, um poder superior ao que o mundo pode outorgar, e uma influência que seja condizente, pelo seu caráter peculiar e sagrado, com a própria verdade. Aquele que for santificado pela verdade exercerá uma influência salvadora e vital sobre quantos entrem em contato com ele. Esta é a religião da Bíblia. TM 378 3 Homens salvos apenas pelo sacrifício expiatório de Cristo Jesus não têm o direito de procurar exaltar-se acima de seus semelhantes. Sentem-se eles aos pés de Jesus, e dEle aprendam, não se esforçando por fazer eles mesmos brilhar. Se o amor de Jesus Cristo estiver neles, eles brilharão sem que o percebam, difundindo a luz da glória de Cristo por todo o mundo. "E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim." Se o ministro fizer de Cristo sua esperança, sua confiança, Aquele de quem depende, será um com Cristo, um cooperador de Deus; e pelo seu ministério almas se convertem a Cristo. Toda a habilidade vem de Deus TM 379 1 Há os que não são letrados, e os que não têm uma grande quantidade de dotes, mas por isso não precisam ficar desanimados. Usem eles o que têm, cuidando fielmente de cada ponto fraco de seu caráter e procurando pela graça divina torná-lo forte. Não há homem vivo que tenha qualquer poder ou habilidade que não tenha recebido de Deus, e a fonte de onde veio está aberta para o mais fraco ser humano. Se este se aproximar de Deus, a Fonte infalível da força, reconhecerá que Deus cumpre Suas promessas. Mas nesta obra, não precisamos chamar homens que estão a milhares de quilômetros distantes para que nos venham ajudar; pois Cristo prometeu: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis." TM 379 2 Deus não dá caprichosamente talentos aos homens, mas segundo a habilidade que Deus lhes deu para usar. Quanto maiores os talentos concedidos ao homem, tanto maiores os juros exigidos. Deus exige que cada agente humano consulte o oráculo vivo, e se familiarize perfeitamente em todas as questões com a Sua vontade expressa, a fim de que usando diligentemente os talentos que lhe foram confiados, possa granjear outros. TM 379 3 Deus quer que aprendamos a solene lição de que estamos forjando nosso próprio destino. O caráter que formamos nesta vida, decide se estamos ou não habilitados para viver por todos os séculos da eternidade. Nenhum homem pode com segurança permanecer ocioso. Pode não ter muitos talentos, mas negocie com os que tem; e na proporção em que ele manifeste integridade para com Deus e os seus semelhantes, nessa mesma proporção Deus o abençoará. TM 380 1 O Espírito Santo espera para auxiliar a cada alma crente e Jesus declara: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Sejam os que crêem em Jesus, fortes, pessoas de oração, e cheios de confiança no poder de Cristo para salvar. "Invoca-Me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás." A súplica do Senhor TM 380 2 Permiti-me rogar às nossas associações de Estado, e às nossas igrejas que deixem de pôr a sua confiança nos homens, fazendo da carne o seu braço. Não olheis para outros homens para ver como estes se conduzem sob a convicção da verdade, ou para lhes pedir auxílio. Não olheis para os homens que estão em elevadas posições de responsabilidade em busca de forças, pois estes mesmos são os homens que correm o perigo de considerar uma posição de responsabilidade como sendo uma evidência do poder especial de Deus. Nossas igrejas estão fracas porque os membros são ensinados a olhar para os recursos humanos e a deles depender, e milhares de dólares são desnecessariamente dispendidos no transporte de homens finitos de um lugar para outro, a fim de que possam resolver pequenas dificuldades, quando Jesus sempre está perto para ajudar aos necessitados e angustiados. TM 380 3 As advertências dadas na Palavra de Deus aos filhos de Israel destinavam-se não meramente a eles, mas a todos os que na Terra vivessem. Ele lhes diz: "Ai dos filhos rebeldes,... que tomaram conselho mas não de Mim; e que se cobriram com uma cobertura, mas não do Meu Espírito, para acrescentarem pecado a pecado. Que descem ao Egito, sem perguntarem à Minha boca, para se fortificarem com a força de Faraó, e para confiarem na sombra do Egito." Se o Senhor reprovou o Seu povo antigamente, por eles negligenciarem dEle buscar conselho quando estavam em dificuldade, não Se desagradará hoje se Seu povo, em vez de confiar em que os brilhantes raios do Sol da Justiça lhes ilumine o caminho, dEle se afastarem em suas provas e dificuldades, em busca de auxílio de seres humanos tão sujeitos ao erro e deficientes como eles próprios? Onde está nossa força? Está nos homens que são tão indefesos e dependentes como nós mesmos, e que tanto como nós necessitam da direção de Deus? O auxílio presente TM 381 1 Cristo diz: "Sem Mim nada podeis fazer", e Ele proveu o Espírito Santo como um auxílio presente em toda a hora de necessidade. Mas muitos têm uma fraca experiência religiosa porque, em vez de buscarem ao Senhor para obterem a eficiência do Espírito Santo, fazem da carne o seu braço. Ensine-se o povo de Deus a se voltar para Deus quando estão em dificuldades e conseguir forças das promessas que são sim e amém para cada alma que confia. TM 381 2 A Palavra do Senhor para nós é: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?" TM 381 3 As promessas de Deus são plenas e abundantes e não há necessidade de ninguém confiar na humanidade quanto à força. De todos que O buscam Deus está perto para ajudar e socorrer. E Ele é grandemente desonrado quando, depois de apelar para a nossa confiança, dEle nos afastamos -- o único que não nos compreenderá mal, o único que nos pode dar infalível conselho -- voltando-nos para homens que em sua fraqueza humana estão sujeitos a nos desviar. TM 382 1 "Porque o Senhor disse: pois que este povo se aproxima de Mim, e com a sua boca, e com os seus lábios Me honram, mas o seu coração se afasta para longe de Mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo; uma obra maravilhosa e um assombro, porque a sabedoria dos seus sábios perecerá, e o entendimento dos seus prudentes se esconderá. Ai dos que querem esconder profundamente o seu propósito do Senhor, e fazem as suas obras às escuras e dizem: Quem nos vê? e quem nos conhece?" TM 382 2 O Senhor tem-nos mostrado o Seu caminho; andaremos nele? Ou andaremos nós, finitos e sujeitos ao erro como somos, em nossos próprios conselhos, e praticaremos os princípios contra os quais Ele nos tem advertido? A advertência presente TM 382 3 "Vai pois agora, escreve isto numa tábua perante eles, e aponta-o num livro; para que fique escrito para o tempo por vir, para sempre e perpetuamente. Porque povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e tende para nós enganadoras lisonjas. Desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; e fazei que deixe de estar o Santo de Israel perante nós. Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto como rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e sobre isto vos estribais, por isso esta maldade vos será como a parede fendida que já forma barriga desde o mais alto sítio, e cuja queda virá subitamente, num momento." TM 383 1 "A quem pois se ensinaria a ciência? e a quem se daria a entender o que se ouviu? Ao desmamado, e ao arrancado dos seios? Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali. Pelo que por lábios estranhos e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Assim pois a palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento; regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão e caiam para trás, e se quebrantem, e se enlacem, e sejam presos. Ouvi, pois, a palavra do Senhor, homens escarnecedores, que dominais este povo, que está em Jerusalém. Porquanto dizeis: Fizemos concerto com a morte, e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos. Portanto assim diz o Senhor Jeová: Eis que Eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo; e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo." TM 383 2 "Porque assim diz o Senhor Jeová, o Santo de Israel: Em vos converterdes, e em repousardes, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes." "E naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e dentre a escuridão e dentre as trevas as verão os olhos dos cegos. E os mansos terão gozo sobre gozo no Senhor, e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel. Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão à iniquidade são desarraigados; os que fazem culpado ao homem numa causa, os que armam laços ao que repreende na porta, e os que põem de parte o justo sem motivo. Portanto assim diz o Senhor, que remiu a Abraão, acerca da casa de Jacó: Jacó não será agora envergonhado, nem agora se descorará a sua face. Mas quando vir a seus filhos, a obra das Minhas mãos, no meio dele, santificarão o Meu nome, e santificarão ao Santo de Jacó, e temerão ao Deus de Israel. E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina." TM 384 1 Serão essas advertências passadas por alto como não tendo importância? O Senhor apela a cada professor, a cada ministro, a cada um dos que têm recebido a luz de Sua verdade, para que observe bem sua situação espiritual. Têm tido grande luz, e se quiserem alcançar a vida eterna, não mais devem confiar no homem finito, mas edificar sobre o firme fundamento. Apegai-vos firmemente aos princípios de Deus TM 384 2 Nenhum conselho de homens pode com segurança, remover os princípios de Deus, e estabelecer os deles próprios, pois a Palavra de Deus declara: "E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo, e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo." "Porque o Senhor Se levantará como no monte de Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeom, para fazer a Sua obra, a Sua estranha obra, e para executar o Seu ato, o Seu estranho ato. Agora pois não mais escarneçais, para que vossas ligaduras se não façam mais fortes; porque já ao Senhor Jeová dos Exércitos ouvi falar de uma destruição, e essa já está determinada sobre toda a Terra." TM 385 1 Vivemos em tempos repletos de importância para cada qual. A luz se derrama ao redor de nós, em raios vivos e constantes. Se essa luz for devidamente acolhida e apreciada, será uma bênção para nós e para outros; se, porém, confiarmos em nossa própria sabedoria e força, ou na força e sabedoria de nossos semelhantes, tornar-se-á ela um veneno. Na luta pela vida eterna, não podemos apoiar-nos uns nos outros. O pão da vida tem de ser comido por todo ser humano. Dele temos de participar individualmente, a fim de que alma, corpo e espírito sejam avivados e fortalecidos por seu poder transformador, assemelhando-se assim ao espírito e caráter de Jesus Cristo. Deus tem de ser para nós o primeiro e o último e o melhor em todas as coisas. TM 385 2 Cada um deve ter por si mesmo fome e sede de justiça. Apoiar-se em homens e confiar em sua sabedoria, é um perigo para a vida espiritual de qualquer cristão. Pode ser que aqueles em que se deposite a confiança, sejam honestos, e verdadeiros, servindo ao Senhor com toda a diligência. Mas se nós individualmente nos estivermos esforçando por andar nos rastos de Cristo poderemos segui-Lo tão bem como aqueles a quem admiramos por sua vida coerente e humilde. Não o homem mas o Senhor TM 385 3 Acontece freqüentemente que aqueles para quem olhamos não são os que supomos que sejam. Amiúde o pecado está oculto no coração, e atos maus e práticas enganosas estão entretecidas no caráter. Como considera isso nosso Pai celestial? Seu conselho sempre é digno de confiança, e Ele tem dado evidências de Seu grande amor para com a raça humana, e contempla com tristeza quando Seus filhos são incentivados a dEle se desviarem, e pôr a sua confiança em homens finitos, a quem não conhecem, e cujo juízo e experiência podem não ser dignos de confiança. Mas isso se tem feito e Deus tem sido posto em segundo lugar. TM 386 1 Em nome de Jesus Cristo de Nazaré eu suplico ao povo de Deus que confie no Senhor para obter forças. Acautelai-vos para não pordes homens onde Deus deve estar. Não estamos seguros ao fazer, de homens nossa autoridade ou nosso guia, porque estes certamente nos desapontarão. Individualmente, devemos operar a nossa própria salvação com temor e tremor, "porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". Temos uma elevada vocação em Cristo Jesus; estamos levando avante uma obra vasta e santa, e Deus apela a cada um para que levante Seu estandarte à vista deste mundo e do universo celestial, pelo poder do Senhor Jeová, em quem há uma "Rocha eterna". TM 386 2 Devemos ser um com Cristo como Ele é um com o Pai, e o Pai nos amará como ama ao Filho. Podemos ter o mesmo auxílio que Cristo teve, podemos ter forças para cada emergência; pois Deus será nossa vanguarda e nossa retaguarda. Ele nos cercará de cada lado, e quando formos levados perante governadores, perante as autoridades da Terra não precisaremos meditar de antemão o que dizer. Deus nos ensinará no dia de nossa necessidade. Oxalá nos possa o Senhor ajudar a chegar aos pés de Jesus e dEle aprender, antes de nos procurarmos tornar mestres dos outros. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. A preciosidade de Cristo para seus seguidores TM 387 0 Cooranbong, Austrália, 4 de Maio de 1896. TM 387 1 Entristeci-me quando li vossa carta, demonstrando espírito tão deprimido. Lede Efésios 2:4-22. Esta escritura me foi dada para vós. Lede-a cuidadosamente, como nunca dantes. Está plena de instruções. Habitar Cristo pela fé em nosso coração significa a contemplação de Cristo, observar a Cristo, tendo nosso querido Salvador como o nosso melhor e honrado amigo, a fim de que não O entristeçamos e ofendamos por qualquer ação. Temos sempre esta promessa para nos confortar e ajudar: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus." TM 387 2 Tende em mente, que nunca chegará o tempo em que a sombra infernal de Satanás não seja lançada através de nosso caminho para nos obstruir a fé, e eclipsar a luz que emana da presença de Jesus, o Sol da Justiça. Nossa fé não deve vacilar, mas abrir caminho através dessas trevas. Temos uma experiência que não deve ser sepultada nas trevas da dúvida. Nossa fé não é de sentimentos, mas de verdade. O apóstolo inspirado fala de sermos edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Jesus Cristo mesmo a principal pedra de esquina. É a igreja de Cristo apresentada como sendo edificada para "morada de Deus em Espírito". Se estivermos arraigados e fundados em amor, poderemos "compreender com todos os santos qual seja a largura, e o comprimento e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento". Oh, preciosas possibilidades e encorajamento! No coração humano, purificado de toda a impureza moral, habita o precioso Salvador, enobrecendo, santificando toda a natureza, e fazendo do homem um templo do Espírito Santo. Cristo um salvador pessoal TM 388 1 Então é Cristo um Salvador pessoal? Trazemos em nosso corpo a morte de Jesus Cristo, que para nós é vida, salvação e justiça. Onde quer que vamos há uma recordação dAquele que nos é querido. Estamos em Cristo por uma fé viva. Ele habita em nosso coração pela nossa apropriação individual da fé. Temos a companhia da presença divina, e ao reconhecermos essa presença, são nossos pensamentos levados cativos a Jesus Cristo. Nossos exercícios espirituais estão de acordo com a intensidade de nosso senso dessa companhia. Dessa maneira andou Enoque com Deus; e Cristo habita em nosso coração pela fé quando consideramos o que Ele é para nós, e que obra por nós tem realizado no plano da redenção. Muito felizes seremos se cultivarmos o senso dessa grande dádiva de Deus ao nosso mundo e a nós pessoalmente. TM 388 2 Tais pensamentos têm um poder controlador sobre todo o caráter. Desejo impressionar-vos a mente com o fato de que sempre podeis ter convosco um companheiro divino se assim o quiserdes. "E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei: e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo." E ao se demorar a mente sobre Cristo, é o caráter moldado à semelhança divina. Os pensamentos são saturados do senso de Sua bondade, e de Seu amor. Contemplamos-Lhe o caráter e assim está Ele em todos os nossos pensamentos. Seu amor nos rodeia. Se olharmos ainda que por um momento para o Sol em sua glória meridiana, ao desviarmos os olhos, em tudo que olharmos aparecerá a imagem do Sol. O mesmo se dá quando contemplamos a Jesus; tudo para que olhamos reflete Sua imagem, o Sol da Justiça. Não podemos ver nenhuma outra coisa, nem falar de qualquer outra coisa. Sua imagem está impressa na retina da alma e afeta cada parte de nossa vida diária, suavizando e subjugando toda a nossa natureza. Contemplando, ajustamo-nos à semelhança divina, a saber, à semelhança de Cristo. A todos aqueles com quem nos associamos refletimos os brilhantes e alegres raios de Sua justiça. Nosso caráter foi transformado; pois o coração, a alma, a mente são iluminados pelos reflexos dAquele que nos amou e a Si mesmo Se deu por nós. Aqui de novo há o reconhecimento de uma influência pessoal e viva a habitar pela fé em nosso coração. A presença permanente de Jesus TM 389 1 Sempre que Suas palavras de instrução têm sido recebidas e de nós se têm apossado, Jesus é para nós uma presença permanente, dominando-nos os pensamentos, idéias e ações. Somos imbuídos da instrução do maior dos Mestres que o mundo já conheceu. O senso da responsabilidade humana e da influência humana dá certa firmeza aos nossos pontos de vista quanto à vida e aos deveres diários. Jesus Cristo é tudo em nós: O primeiro, o último, o melhor em tudo. Jesus Cristo, Seu espírito, Seu caráter, matiza cada coisa; é a urdidura e a trama, o próprio tecido de todo o nosso ser. As palavras de Cristo são espírito e vida. Não podemos, então, centralizar nossos pensamentos sobre o eu; não somos mais nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós, e Ele é a esperança da glória. O eu está morto, mas Cristo é um Salvador vivo. Continuando a olhar para Jesus, refletimos-Lhe a imagem a todos os que nos rodeiam. TM 390 1 Não podemos parar para considerar nossos desapontamentos ou mesmo para neles falar; pois um quadro mais agradável nos atrai a vista: o precioso amor de Jesus. Ele em nós habita pela Palavra da verdade. TM 390 2 Que disse Cristo à mulher samaritana, no poço de Jacó? "Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva." "Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede; porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna." A água a que Cristo Se referia era a revelação de Sua graça em Sua palavra; Seu espírito, Seu ensino, são para cada alma uma fonte que satisfaz. Toda outra fonte a que recorram demonstrar-se-á insatisfatória. Mas a Palavra de Deus é quais frescas correntes, representada como as águas do Líbano que sempre satisfazem. Em Cristo está, para todo o sempre a plenitude da alegria. Os desejos, prazeres e divertimentos do mundo nunca satisfazem ou curam a alma. Mas Jesus diz: "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna." TM 390 3 A graciosa presença de Cristo em Sua Palavra está sempre falando à alma, apresentando-O como a fonte de água viva a refrescar a alma sedenta. É nosso privilégio ter um Salvador vivo e permanente. Ele é a fonte de todo o poder implantado dentro de nós, e Sua influência fluirá em palavras e ações, refrigerando a todos os que estiverem dentro da esfera de nossa influência, neles criando desejos e aspirações de força e pureza, de santidade e de paz, e daquela alegria que não traz consigo a tristeza. Esse é o resultado de um Salvador que em nós mora. A intercessão de Cristo TM 391 1 Jesus diz: "E eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." Ele andou uma vez como homem na Terra, Sua divindade revestida da humanidade, sendo homem sofredor, e tentado, assediado pelas ciladas de Satanás. Em todos os pontos foi tentado como nós, e sabe como socorrer aos que são tentados. Agora está à mão direita de Deus, está no Céu como nosso Advogado, para por nós interceder. Sempre devemos ficar confortados e animados ao pensar nisto. Ele pensa naqueles que estão sujeitos às tentações neste mundo. Pensa em cada um de nós, individualmente, e conhece todas as nossas necessidades. Quando tentados, basta dizer: Ele cuida de mim, intercede por mim, ama-me, morreu por mim. Sem reservas, entregar-me-ei a Ele. Entristecemos o coração de Cristo quando seguimos lamentando-nos como se fôssemos o nosso próprio salvador. Não; devemos entregar a Deus a guarda de nossa alma como a um Criador fiel. Ele vive sempre para interceder pelos que são provados e tentados. Abri o coração aos brilhantes raios do Sol da Justiça e não permitais que nenhum suspiro de dúvida, nenhuma palavra de incredulidade vos escape dos lábios, para que não semeeis as sementes da dúvida. Há ricas bênçãos para nós; peguemo-las pela fé. Eu vos concito, a que vos animeis no Senhor. A força divina nos pertence; vamos falar em coragem, resistência e fé. Lede o capítulo terceiro de Efésios. Ponde em prática as instruções dadas. Dai um testemunho vivo em favor de Deus, sob quaisquer circunstâncias. ------------------------Capítulo 15 -- Aos obreiros de Deus Uma reprovação ao egoísmo TM 392 0 Cooranbong, Austrália, 6 de Fevereiro de 1896. TM 392 1 Aos Meus Irmãos da América: A grande obra oficial do Espírito Santo é assim distintamente especificada por nosso Salvador: "E quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado." Cristo sabia que essa declaração era um maravilhoso legado. Aproximava-Se do fim do Seu ministério na Terra, e estava à vista da cruz, com pleno conhecimento do peso de culpa que sobre Ele devia ser colocado, como portador dos pecados. Contudo Sua maior ansiedade era por Seus discípulos. Estava Ele procurando encontrar consolo para eles e lhes disse: "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei." TM 392 2 O mal se vinha acumulando por séculos e só poderia ser restringido e resistido pelo eficaz poder do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, que viria com não modificada energia, mas na plenitude do poder divino. Outro espírito deve ser enfrentado; pois a essência do mal estava operando de todas as maneiras, e era de surpreender a submissão do homem a esse cativeiro satânico. O egoísmo anuvia o julgamento TM 392 3 Hoje, como nos dias de Cristo, Satanás governa a mente de muitos. Oh, se sua temível e temerosa obra pudesse ser discernida e resistida! O egoísmo tem pervertido os princípios, tem confundido os sentidos e anuviado o juízo. Parece tão estranho que, não obstante toda a luz que brilha da bendita Palavra de Deus se mantivessem tantas idéias estranhas, tal afastamento do espírito e da prática da verdade. O desejo de pegar grandes salários, com a determinação de privar outros dos direitos que Deus lhes deu, tem sua origem no espírito de Satanás; e pela sua obediência à vontade e maneiras dele, colocam-se os homens sob sua bandeira. Pouca confiança se pode depositar nos que têm caído nessa cilada, a menos que se convertam e se renovem completamente, pois foram levedados pelos princípios maus, que não podiam perceber serem de efeito deletério. TM 393 1 Oh, se os que estão em vários campos, na América como em todo o mundo, estivessem trabalhando de acordo com a regra da Bíblia, e se estivessem esforçando por desarraigar o egoísmo, que obra seria realizada em favor da igreja! Mas pecados que de tempos em tempos têm sido apontados, jazem à porta de muitos -- pecados que o Senhor não considera de caráter leve. Se o homem tão-somente abandonasse seu espírito de resistência ao Espírito Santo -- o espírito que por tanto tempo vem levedando sua experiência religiosa -- dirigir-se-ia o próprio Espírito de Deus a seu coração. Convenceria do pecado. Que obra! Mas o Espírito Santo tem sido insultado e a luz tem sido rejeitada. É possível, àqueles que por anos têm sido tão cegados, ver? Será possível que neste último estágio de sua resistência seus olhos sejam ungidos? Distinguir-se-á a voz do Espírito de Deus da voz enganadora do inimigo? TM 393 2 Homens há que logo evidenciarão sob que bandeira estão, a bandeira do Príncipe da vida, ou a bandeira do príncipe das trevas. Se tão-somente eles pudessem ver estas questões como me são apresentadas; se pudessem ver que, no que tange à sua alma, são como homens que estão à beira de um precipício, prontos a resvalar para as profundezas; não julgo que ficassem tremendo à beira do precipício mais alguns instantes, se tivessem qualquer interesse pela sua salvação. TM 394 1 Não é a vontade de Deus que ninguém pereça, antes que todos tenham a vida eterna. Oh, se eu pudesse ter a certeza de que na próxima reunião da Associação meus irmãos sentiriam o que para eles significam princípios puros, e para todos com quem eles se relacionam, meu coração pularia de alegria! Se os que têm vagueado tão longe de Deus e da verdadeira justiça revelassem estar o Espírito Santo lutando com eles, estarem cônscios de sua culpa por se haverem apartado da Palavra de Deus e agido como cegos guias de cegos, eu teria esperança. Quando estes acordarem de sua paralisia, serão subjugados pelo senso do tempo perdido -- o precioso talento do Senhor -- das oportunidades perdidas que lhes foram dadas a fim de que pudessem demonstrar sua apreciação da infinita compaixão de Deus para com o homem caído. Fome de almas para o serviço TM 394 2 Toda a alma que aceita a Jesus como seu Salvador pessoal, anelará ter o privilégio de servir a Deus, e ansiosamente aproveitará a oportunidade de demonstrar sua gratidão dedicando suas aptidões ao serviço de Deus. Almejará ela revelar seu amor para com Jesus e para com a sua possessão adquirida. Aspirará ao trabalho, às durezas, ao sacrifício. Considerará um privilégio negar o eu, e levar a cruz e seguir nas pegadas de Cristo, demonstrando assim sua lealdade e amor. Suas obras santas e de beneficência testificarão de sua conversão, e darão ao mundo evidência de que não é um cristão espúrio, mas um cristão leal e dedicado. TM 394 3 Homens estão agora se aplicando ardorosamente a toda a arte e comércio, a fim de satisfazer ao seu desejo de mais ganho. Se eles usassem esse tato, esse zelo e essa cuidadosa ponderação no esforço de obter algo para o tesouro do Senhor, quanto se realizaria! Quando homens que são absolutamente egoístas aceitam a Cristo, revelam que têm um novo coração; e, ao invés de pegarem tudo o que lhes foi possível em benefício próprio, em vez de fazerem sacrifícios pequenos e raquíticos, pelo Senhor, com alegria tudo farão para adiantar Sua obra. O espírito de se apoderar que grandemente se tem desenvolvido, morrerá, e eles darão ouvidos às palavras de Cristo: "Vendei o que tendes, e dai esmola." Trabalharão tão afanosamente e com tanto zelo, energia e fervor para edificar o reino de Deus, como trabalharam para obter riquezas para si. TM 395 1 Digo-vos a verdade. Estamos muito aquém da nossa santa religião em nossa concepção do dever. Oh, se todos os que têm sido abençoados com tão grandiosa e solene verdade, se levantassem e sacudissem o encantamento que lhes tem embotado os sentidos e feito com que não prestassem a Deus o verdadeiro serviço, o que não realizariam os seus bem organizados esforços na salvação de almas! Que mudança se veria nos princípios seguidos! O mundo, a carne, e o diabo, não cegariam homens e mulheres quanto ao que constituem princípios puros, sagrados e leais. TM 395 2 A apropriação da Palavra de Deus é o preparo para a vida eterna. Mas homens têm dado tal interpretação a essa Palavra que ela se tem tornado sem significação. O coração e a consciência têm-se tornado endurecidos e corruptos. Irmãos, eu vos pergunto em nome de Jesus: Credes na Palavra de Deus? Sois filhos e filhas de Deus? Se sois, é porque fostes convertidos e tendes recebido a Cristo no templo de vossa alma, e vosso espírito se tem submetido à nova lei, a saber, a lei real da liberdade. Oh, se eu pudesse receber as alegres novas de que a vontade e o espírito dos que em Battle Creek têm permanecido declaradamente como líderes se emanciparam dos ensinos e da escravidão de Satanás, do qual por longo tempo haviam estado cativos, estaria disposta a atravessar o imenso Pacífico para ver mais uma vez os vossos rostos. Mas não estou ansiosa de vos ver com uma percepção fraca e com mente obscurecida, por terdes escolhido as trevas em vez de a luz. A influência despertadora do Espírito Santo TM 396 1 O Espírito Santo revela sua operação no coração humano. Quando o Espírito Santo opera na mente, o agente humano compreenderá a declaração feita por Cristo: "Há de receber do que é Meu e vo-lo há de anunciar." A sujeição à Palavra de Deus significa a restauração de si próprio. Permiti que Cristo trabalhe pelo Seu Espírito e vos desperte como se vos despertasse dentre os mortos, que ponha a vossa mente em afinidade com a dEle. Permiti-Lhe empregar as vossas faculdades. Criou Ele cada uma de vossas capacidades para que melhor pudésseis honrar e glorificar o Seu nome. Consagrai-vos a Ele, e todos os que convosco se relacionam verão que vossas energias são inspiradas por Deus, que as vossas mais nobres faculdades são chamadas à ação para fazer o serviço do Senhor. As faculdades uma vez usadas para servir o eu e promover princípios indignos, e que uma vez serviram como instrumentos de propósitos injustos, serão levadas em cativeiro a Jesus Cristo, e se unirão à vontade de Deus. Devem os jovens ser educados para o serviço TM 396 2 Há uma obra a fazer nas igrejas. Homens e mulheres jovens devem ser preparados e educados, e então serão encontrados lugares para eles na obra. Estais preocupados e perplexos porque o Dr. _____ está acumulando desproporcionalmente no trabalho missionário médico, porque sua obra excede muito ao trabalho que está sendo feito nas igrejas pela Associação Geral. O que há? -- É claro que a luz dada por Deus não tem sido posta em prática. Os homens têm suplantado os planos de Deus com seus próprios planos. Faz parte do plano de Deus a prosperidade da obra médica. Essa obra deve ser feita; a verdade deve ser levada aos caminhos e valados. Um chamado para a reforma TM 397 1 Mas o coração da obra, o grande centro, tem-se enfraquecido pelo desgoverno de homens que não acompanharam o passo de seu Líder. Satanás lhes tem desviado o dinheiro e a capacidade para fins errados. Seu precioso tempo tem passado para a eternidade. O fervoroso trabalho que agora se está fazendo, a luta agressiva que se vem travando, bem podia há muito ter sido levada avante justamente de maneira tão vigorosa, em obediência à luz de Deus. Todo o corpo está doente devido ao desgoverno e à falta de cálculo. O povo a quem Deus confiou os interesses eternos, os depositários da verdade plena de resultados eternos, os guardadores da luz que deve iluminar todo o mundo, perderam o rumo. Cometeu Deus um equívoco? São os que estão no coração da obra vasos escolhidos que possam receber o óleo dourado que os mensageiros celestes, representados por duas oliveiras, esvaziam nos canudos de ouro para abastecer as lâmpadas? Estarão os que estão em Battle Creek, os homens e mulheres que Deus escolheu para fazerem a mais solene obra jamais dada aos mortais, em sociedade com Cristo em Sua grande firma? Estão aqueles a quem Deus ordenou comunicar a luz das lâmpadas acesas aos outros, para que as regiões em trevas possam ter a oportunidade de ouvir a mensagem salvadora, cumprindo o seu dever? ... Os resultados de servir ao eu TM 398 1 Oh, se os que professam conhecer a verdade tivessem o espírito de Cristo, o abnegado Redentor, que abandonou Suas riquezas, Seu esplendor, Seu alto comando, e fez tudo que um Deus poderia fazer para salvar almas, negariam eles ao eu, levantariam a cruz e seguiriam a Jesus. Como vós que amais os tesouros mundanos respondereis a Deus no grande dia do juízo pelos vossos fracos e adormecidos esforços para enviar a verdade às regiões distantes? Do dinheiro dispendido em bicicletas e roupas, e outras coisas desnecessárias, deve-se dar contas. Como povo de Deus, deveis representar a Jesus; mas Cristo Se envergonha dos que condescendem consigo mesmos. Meu coração está penalizado, dificilmente posso conter meus sentimentos quando penso em quão facilmente é nosso povo desviado dos práticos princípios cristãos para agradar a si mesmos. Até aqui muitos de vós apenas crêem parcialmente na verdade. Diz o Senhor Jesus: "Não podeis servir a Deus e a Mamom", e devemos viver de toda a palavra que procede da Sua boca. Quantos crêem em Sua Palavra? TM 398 2 O Senhor abomina vossas práticas egoístas, e ainda assim Sua mão se estende. Insisto, por amor de vossas almas, que ouçais meus rogos agora em favor dos que estão nos campos missionários estrangeiros e cujas mãos estão atadas pelas vossas atitudes. Satanás tem estado a trabalhar com todo o seu poder de engano para levar as coisas ao ponto em que o caminho seja impedido por falta de meios no tesouro. TM 398 3 Reconheceis que cada ano milhares e milhares e dez vezes dez milhares de almas estão perecendo, morrendo em seus pecados? As pragas e juízos de Deus já estão fazendo sua obra, e almas estão caminhando para a ruína porque a luz da verdade não foi lançada sobre o seu caminho. Cremos realmente que devemos levar a Palavra de Deus a todo o mundo? Quem crê isso? "Como pois invocarão Aquele em quem não creram? e como crerão nAquele de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue?" Quem tem a fé que o habilitará a praticar esta palavra? Quem crê na luz que Deus deu? Deus exige ação TM 399 1 O Senhor exige uma ação unida. Devem-se envidar esforços bem organizados para conseguir obreiros. Há pobres almas, honestas e humildes, que o Senhor porá em vosso lugar, as quais nunca tiveram as oportunidades que tivestes, e que não as puderam ter porque não fostes transformados pelo Espírito Santo. Podemos estar certos de que quando o Espírito Santo for derramado, os que não receberam nem apreciaram a chuva temporã, não verão nem compreenderão o valor da chuva serôdia. Quando estivermos verdadeiramente consagrados a Deus, Seu amor habitará pela fé em nosso coração e haveremos de cumprir alegremente nosso dever de acordo com a vontade de Deus. TM 399 2 Mas o pequeno interesse que tem sido manifestado na obra de Deus por nossas igrejas alarma-me. Desejo pedir a todos os que têm meios, que se lembrem de que Deus lhes confiou esses meios para serem usados no avançamento da obra que Cristo veio fazer em nosso mundo. O Senhor diz a cada homem que à vista de Deus Ele não é o dono do que possui, mas simplesmente um depositário. Não teu, mas Meu, diz o Senhor. Deus vos pedirá conta de vossa mordomia. Quer tenhais um, dois ou cinco talentos, nenhuma moedinha deve ser esbanjada nas vossas próprias e egoístas condescendências. Vossa responsabilidade diante do Céu deve levar-vos a temer e a tremer. As decisões do último dia recaem sobre nossa beneficência prática. Cristo reconhece cada ato de beneficência como feito a Ele mesmo. Zelo por Cristo TM 400 1 Todos os que mencionam o nome de Cristo, devem para Ele trabalhar de coração, espírito, alma e força; e trabalharão se crerem no grande evangelho da verdade. A sinceridade de seu zelo por amor de Cristo, testificará da medida de sua fé. O eu será absorvido em Cristo se verdadeiramente com Ele estiverem unidos. "Vivo", disse o grande apóstolo; "não mais eu, mas Cristo vive em Mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim." TM 400 2 A luz dada repetidas vezes pelo Espírito de Deus é: Não colonizeis. Entrai nas grandes cidades e criai interesse entre os grandes e os pequenos. Tornai vosso trabalho pregar o evangelho ao pobre, mas não pareis aí. Procurai alcançar também as classes mais elevadas. Estudai vossa localidade tendo em vista deixar a luz irradiar para outros. Essa obra já devia ter sido feita há muito tempo. Não torneis a questão do sábado a vossa principal especialidade. Deveis alcançar o povo com assuntos práticos, com os quais todos podem concordar. ... TM 400 3 O povo de Deus tem uma obra a fazer que não está sendo feita. A última mensagem de misericórdia deve ser dada a um mundo que perece em seus pecados. Os que estão ligados às nossas instituições, têm toda a facilidade e oportunidade de trabalhar pelos pobres pecadores que estão sem Cristo; mas eles estão mudos. Se tão-somente nossas igrejas praticassem a verdade e mostrassem que crêem que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, o poder de Deus lhes acompanharia os trabalhos. Mas eles se devem conservar em contato com a Fonte de toda a luz e eficiência, e em contato com o mundo, não para absorver o espírito do mundo, mas para poderem fazer a obra que Deus designou que façam. ... Cursos ministeriais TM 401 1 "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura", é a ordem do Mestre a Seus obreiros. TM 401 2 Mas esta evidente declaração tem sido desrespeitada. Muito embora tenha sido a luz dada repetidas vezes, homens são chamados dos campos em que deviam ter continuado trabalhando com amor e no temor de Deus, procurando salvar o perdido, para passar semanas freqüentando um curso ministerial. Houve um tempo em que este trabalho se tornou necessário, porque nosso próprio povo se opôs à obra de Deus, recusando a luz da verdade sobre a justiça de Cristo pela fé. Isso deviam eles ter recebido e repetido com o coração, com a voz e com a pena; pois esta é a sua única eficiência. Deviam ter trabalhado sob os ditames do Espírito Santo para transmitir a luz a outros. TM 401 3 Dedicando ano após ano a cursos ministeriais, têm sido negligenciados os campos que já estão brancos para a ceifa. Mesmo os obreiros têm sido enfraquecidos em vez de serem fortalecidos. Isso tem sido um erro. Deus apela a Seus servos para que comuniquem, não para que estejam sempre aprendendo e nunca sendo capazes de chegar ao conhecimento da verdade. A obra do Espírito Santo TM 401 4 O grande alvo do advento do Espírito Santo é distintamente especificado por Cristo. "Quando Ele vier", disse Ele, "convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo." Essa luz tem sido por anos conservada diante do nosso povo. O poder do Espírito Santo se tem grandemente manifestado em Battle Creek, o grande coração da obra, para ser comunicado aos que estão nos caminhos e valados, a fim de que a multidão de seres humanos sob a influência do pecado e da morte possam ser reformados e renovados pelo poder do Espírito. Mas ao chegar a luz aos que estão no centro da obra, não têm eles sabido como tratá-la. Os testemunhos que Deus dá ao Seu povo estão em harmonia com Sua Palavra. TM 402 1 Quando Cristo pronunciou essas palavras, estava à sombra da vergonhosa cruz, o símbolo da culpa que tornou necessário o sacrifício de Cristo para salvar o mundo da completa ruína. Cristo olhava para o tempo em que o Espírito Santo, como Seu representante, deveria vir para realizar maravilhosa obra em Seus méritos e através deles; e Se sentiu privilegiado em comunicar aos Seus discípulos Seu conforto. ... TM 402 2 Os que não têm uma ligação íntima com Deus não apreciam a manifestação do Espírito Santo, e não fazem distinção entre o sagrado e o comum. Não obedecem à voz de Deus, porque, como a nação judaica, não conhecem o tempo da sua visitação. Não há auxílio para o homem, mulher ou criança que não quer ouvir e obedecer à voz do dever; porque a voz do dever é a voz de Deus. Os olhos, os ouvidos, e o coração tornar-se-ão nada impressionáveis se os homens e mulheres se recusarem a dar ouvidos ao conselho divino, e escolherem o caminho que melhor lhes agrade. TM 402 3 Oh, quão melhor seria se todos os que fazem isso estivessem ligados a qualquer outra obra que não as sagradas instituições designadas por Deus como Seus grandes centros! Supõe-se que estejam sob a direção do Espírito Santo; mas isso é um engano. Não realizam fielmente a obra de Deus; não dão evidências de que lhe reconhecem o sagrado caráter. Sua influência desencaminha aos outros, levando-os a considerar levianamente os instrumentos que Deus instituiu para a salvação de almas, e os leva a pensar que podem introduzir suas próprias idéias, pensamentos e planos comuns. Assim é alcançado um nível baixo, vulgar, e Deus é grandemente desonrado. TM 403 1 Deus quer que todos os que têm tal experiência arraigada em sua vida religiosa escolham ocupação em outro lugar, em esferas ativas, limitadas, onde os interesses eternos não sejam amesquinhados por sua vida não consagrada, onde há menos oportunidade de encontrar a tentação. Trabalho vigoroso e que cansa o corpo pode neutralizar e subjugar-lhes as más propensões, e outros não serão levedados pelas suas prejudiciais tendências e traços de caráter. Não há terreno neutro TM 403 2 Os que estão de qualquer forma ligados com a obra de Deus em qualquer de nossas instituições, devem estar ligados com Deus, e é preciso confiar-se em que façam o que é direito sob todas as circunstâncias, para que saibam onde se encontrarão no dia da prova. Nenhum dos que estão ligados com a sagrada obra de Deus deve permanecer em terreno neutro. Se um homem está dividido, indeciso, incerto, até que saiba que nada perderá, demonstra que é um homem a quem Deus não pode usar. Mas muitos estão seguindo esta linha de conduta. Não foram escolhidos por Deus ou decididamente deixaram de ser dirigidos pela poderosa instrumentalidade do Espírito Santo. TM 403 3 O Senhor usará homens educados se seu suposto conhecimento não os levar a desejar dirigir o Espírito Santo, e procurar ensinar ao Senhor que a política humana é melhor que os planos divinos, por estar mais em harmonia com a opinião popular. Todo aquele que está no serviço de Deus tem a obrigação moral de avançar ousadamente e enfrentar o preconceito, a oposição e as paixões humanas. Devem sempre lembrar-se de que são servos de Deus, e estão a Seu serviço. Mensageiros de Deus TM 404 1 Quer o Senhor que o Seu povo esteja livre de tudo que não seja escriturístico, em relação com o ministério. Não se deve fazer um ídolo dos homens que foram chamados para o ministério; não devem ser contemplados com supersticiosa reverência; e o pecado neles não deve perder o seu caráter ofensivo, devido ao poder de que estão investidos pelo seu ofício. Seu próprio ofício torna o pecado deles mais excessivamente maligno, pois ao cometerem pecado tornam-se ministros do pecado, os agentes de Satanás, por quem ele pode trabalhar com êxito para perpetuar o pecado. TM 404 2 Devem todos lembrar-se de que os esforços especiais de Satanás se dirigem contra o ministério. Sabe ele que é apenas um instrumento humano, que não possui graça ou santidade próprias. Sabe que é um agente que Deus ordenou para ser poderoso meio de salvação de almas, e que só é eficaz quando Deus, o Espírito eterno, assim o torna. Sabe ele que o tesouro do evangelho está em vasos de barro, e que só o poder de Deus é que os pode tornar vasos de honra. Podem eles cultivar a vinha; um Paulo pode plantar e um Apolo regar; mas só Deus pode dar o crescimento. TM 404 3 Deus nunca deixou Sua igreja sem uma testemunha. Em todas as cenas de sofrimento e prova, de oposição e perseguição em meio às trevas pelas quais a igreja tem passado, tem tido Deus homens de oportunidade preparados para assumir Seu trabalho em várias fases, e levá-lo avante e para cima. Por meio dos patriarcas e profetas revelou Ele Sua verdade a Seu povo. Cristo era tão verdadeiramente o Mestre de Seu antigo povo, como era quando veio ao mundo trajando as vestes da humanidade. Velando Sua glória na forma humana, freqüentemente apareceu a Seu povo, e com ele falou "cara a cara, como qualquer fala com o seu amigo". Ele, o seu Guia invisível, estava oculto na coluna de fogo e de nuvens, e falou a Seu povo por meio de Moisés. A voz de Deus foi ouvida pelos profetas que Ele escolhera para uma obra especial e para transmitir uma mensagem especial. Enviou-os para que repetissem freqüentes vezes as mesmas palavras. Tinha para eles uma mensagem separada, que não era segundo os caminhos e a vontade dos homens, e essa pôs Ele em sua boca e os fez proclamar. Assegurou-lhes que o Espírito Santo lhes daria a linguagem e a elocução. Aquele que conhece o coração lhes daria palavras para alcançar o povo. TM 405 1 Podia ser que a mensagem não agradasse àqueles a quem fora enviada. Podia ser que não desejassem algo novo, antes desejassem continuar como até aí vinham agindo; mas o Senhor os despertou com reprovações; e censurou-lhes as atitudes. Infundiu nova vida naqueles que estavam dormindo no posto do dever, que não eram sentinelas fiéis. Mostrou-lhes sua responsabilidade e que eles seriam responsabilizados pela segurança do povo. Eram atalaias que não deviam dormir nem de dia nem de noite. Deviam discernir o inimigo e dar ao povo alarme, para que cada um pudesse estar no seu posto, a fim de que o vigilante inimigo não pudesse obter a mínima vantagem. As responsabilidades dos atalaias de Deus TM 406 1 E o Senhor declara hoje a Seus atalaias que se forem infiéis e não advertirem o povo que está em perigo, este será levado em seus pecados. "O seu sangue", diz Ele, "Eu o demandarei da tua mão." Mas se Seus mensageiros erguerem a voz em reprovação e advertência, para desviar homens de seus maus caminhos, e essas almas não ouvirem, então o atalaia está livre; o que ofende a Deus será levado em seus pecados; seu sangue recairá sobre sua própria alma. TM 406 2 Essas solenes questões são-me apresentadas em linhas bem claras. Deus designou apóstolos, pastores, evangelistas e professores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé. Deus declara a Seu povo: "Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." Deve haver contínuo avanço. Passo a passo devem Seus seguidores abrir caminhos retos para seus pés, para que o coxo não se desvie do seu caminho. Os que querem trabalhar para Deus devem fazê-lo inteligentemente para suprir as deficiências em si mesmos e glorificar o Senhor Deus de Israel por permanecerem na luz e trabalharem à luz do Sol da Justiça. Assim conduzirão eles a igreja para a frente, para cima e rumo ao Céu, tornando cada vez mais distinta a sua separação do mundo. TM 406 3 Ao assemelharem seu caráter ao Modelo divino, não guardarão os homens a sua própria dignidade pessoal. Com cioso, insone, amável e devotado interesse, protegerão eles o sagrado interesse da igreja contra os males que ameaçam toldar e obscurecer a glória que Deus deseja que dela irradie. Cuidarão de que as artimanhas de Satanás nela não achem lugar nem apoio pelo incentivar a crítica, a tagarelice, o falar mal e acusar os irmãos, pois tais coisas a enfraqueceriam e subverteriam. A controvérsia torna-se cada vez mais forte TM 407 1 Nunca haverá um tempo na história da igreja em que o obreiro de Deus possa cruzar os braços e ficar à vontade, dizendo: "Tudo é paz e segurança." Então é que vem a repentina destruição. Tudo se pode mover para a frente em meio a aparente prosperidade, mas Satanás está bem desperto, e está estudando e se aconselhando com seus anjos maus no sentido de descobrir outro modo de ataque em que possa ter êxito. A luta se tornará cada vez mais feroz da parte de Satanás, pois ele é movido por um poder inferior. Ao avançar a obra do povo de Deus com santificada e irresistível energia, implantando na igreja o estandarte da justiça de Cristo, movida por um poder que vem do trono de Deus, tornar-se-á a grande controvérsia cada vez mais forte, e se tornará cada vez mais determinada. Mente se aparelhará contra mente, plano contra plano, princípios de origem celestial contra princípios de Satanás. A verdade em seus variados aspectos estará em conflito com o erro em suas formas sempre variadas e crescentes, e que se possível, enganariam os próprios escolhidos. TM 407 2 Nosso trabalho deve ser fervoroso. Não devemos combater como os que batem no ar. O ministério, o púlpito e o prelo exigem homens como Calebe, que façam, que ousem, homens cujos olhos sejam sinceros para discernir a verdade do erro, cujos ouvidos sejam consagrados para apreender as palavras do Vigia fiel. E o Espírito do trono de Deus se fará sentir sobre um cristianismo degenerado, um mundo corrompido, pronto a ser consumido pelos juízos há muito protelados de um Deus ofendido. Ódio de reprovação TM 408 1 Há o perigo de os homens estarem perdendo de vista as importantes verdades para este tempo, e buscarem as coisas que sejam novas, estranhas e arrebatadoras. Muitos, se são reprovados pelo Espírito de Deus por meio de Seus representantes autorizados, recusam submeter-se à correção e é-lhes implantada no coração uma raiz de amargura contra os servos do Senhor que desempenham cargos pesados e desagradáveis. Homens há que ensinam a verdade mas que não aperfeiçoam seus próprios caminhos perante Deus, buscam ocultar os próprios defeitos e inclinam-se a um afastamento de Deus. Não possuem a coragem moral de fazer as coisas que são para seu especial benefício. Não percebem a necessidade de reforma, e assim rejeitam as palavras do Senhor, e odeiam ao que "repreende na Porta". A própria recusa de atender às advertências que o Senhor envia, concede a Satanás toda a vantagem para fazer deles os mais encarniçados inimigos dos que lhes comunicaram a verdade. Tornam-se refutadores dos que lhes foram portadores da mensagem do Senhor. TM 408 2 O homem que rejeita a Palavra do Senhor, que se esforça por estabelecer o seu próprio caminho e a sua própria vontade, despedaça o mensageiro e a mensagem que Deus envia visando descobrir-lhe o seu pecado. Suas próprias inclinações lhe têm influenciado a conduta, e se edificou num caminho errado. A regra divina é: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus." Mas ele não o quer fazer. Como o homem pensa assim ele é. Do interior, do coração, procedem os maus pensamentos inspirados por Satanás. Começa ele a sofismar em tecnologias e maneiras. O espírito de Satanás liga-o com o inimigo para pronunciar uma palavra de crítica nos temas menos importantes. Torna-se a verdade para ele cada vez de menos valor. Torna-se acusador de seus irmãos, etc., e muda de dirigente. Para ele o mundo exterior tem maior peso que o dilúvio de luz que Deus derrama sobre o mundo nas mensagens que ele tem dado, e nas quais uma vez se regozijava. TM 409 1 Oh, quantas coisas se têm desenvolvido desde que ele se tornou tão cheio de ódio contra Deus, porque seus perigos e erros foram colocados diante de si! Tem permitido que pensamentos ímpios se fortaleçam e prevaleçam porque não come, dia a dia, a carne nem bebe o sangue do Filho de Deus, por não se ter tornado participante da natureza divina. As coisas que vêm do interior corrompem o homem. Quão corrupta deve então ser a fonte onde esses males tiveram sua origem! A escolha fatal TM 409 2 Ministros não santificados estão se arregimentando contra Deus. Estão a um tempo louvando a Cristo e ao deus deste mundo. Ao passo que professam receber a Cristo, abraçam Barrabás, e por seus atos dizem: "Este não, mas Barrabás." Atentem bem todos quantos lêem estas linhas. Satanás vangloriou-se do que lhe é possível fazer. Ele cuida em dissolver a união que Cristo em oração pediu que existisse em Sua igreja. Diz ele: "Irei e serei um espírito de mentira para enganar os que puder, para criticarem, e condenarem e falsearem." Sejam os filhos do engano e falso testemunho agasalhados por uma igreja que tem tido grande luz, grande evidência, e essa igreja desfar-se-á da mensagem que o Senhor lhe enviou e acolherá as mais desarrazoadas asserções, e falsas suposições, e falsas teorias. Satanás ri-se de sua loucura; pois ele sabe o que é a verdade. TM 409 3 Muitos se levantarão em nossos púlpitos tendo nas mãos a tocha da falsa profecia, acesa na infernal tocha de Satanás. Caso sejam alimentadas dúvidas e descrença, os ministros fiéis serão afastados do povo que pensa que tanto sabe. "Se tu conhecesses também", disse Cristo, "ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! mas agora isto está encoberto aos teus olhos." A luz da verdade TM 410 1 Contudo, o fundamento de Deus fica firme. O Senhor conhece os que são Seus. O ministro santificado não deve ter o engano em sua boca. Deve ser sincero como a luz. Livre de toda a mancha do mal. Um ministro e uma imprensa santificados serão um poder em irradiar a luz da verdade sobre esta geração rebelde. Irmãos, necessitamos de luz, de mais luz. Tocai a buzina em Sião; fazei soar o alarme no monte santo. Ajuntai as hostes do Senhor, com coração santificado, para que ouçam o que o Senhor vai dizer a Seu povo; pois Ele tem crescente luz para todos que quiserem ouvir. Armem-se eles e se equipem, e saiam à batalha -- em auxílio do Senhor contra os poderosos. Deus mesmo agirá em favor de Israel. Toda a língua mentirosa há de silenciar. As mãos dos anjos destruirão os enganosos projetos que estão sendo formados. Os baluartes de Satanás nunca hão de triunfar. A vitória acompanhará a terceira mensagem angélica. Como o Capitão do exército do Senhor derribou os muros de Jericó, assim triunfará o povo que guarda os mandamentos do Senhor e serão derrotados todos os elementos oponentes. Que nenhuma alma se queixe dos servos de Deus a ela enviados com uma mensagem celestial. Não mais busqueis suas falhas, dizendo: "São demasiado positivos; falam muito duramente." Podem falar duramente; mas não é isso necessário? Deus fará retinir as orelhas dos ouvintes que não atenderem à Sua voz ou mensagem. Ele denunciará os que resistirem à Sua Palavra. Homens de oportunidade TM 411 1 Satanás tem tomado toda a medida possível para que nada venha entre nós, como um povo, para nos reprovar e censurar e exortar-nos a abandonar os nossos erros. Mas há um povo que levará a arca de Deus. Dentre nós sairão alguns que não mais levarão a arca. Mas estes não podem fazer muralhas para obstruir a verdade, pois esta prosseguirá avante e para cima até ao fim. Deus, no passado, suscitou homens e Ele ainda tem homens de oportunidade, preparados para cumprir as Suas ordens -- homens que atravessarão as restrições que apenas se assemelham a paredes rebocadas com reboco não preparado. Quando Deus põe o Seu Espírito sobre os homens, eles trabalham. Proclamarão a Palavra do Senhor; erguerão a voz como uma trombeta. A verdade não será amesquinhada nem perderá seu poder em suas mãos. Mostrarão ao povo as suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados. A obra veemente de Satanás TM 411 2 Deve o conflito tornar-se cada vez mais feroz. Satanás sairá a campo e personificará a Cristo. Representará mal, usará mal e perverterá tudo ao seu alcance para, se possível, enganar os próprios escolhidos. Mesmo em nossos dias, tem havido e continuará a haver famílias inteiras que uma vez se regozijaram na verdade e que perderão a fé devido às calúnias e falsidades que lhes foram apresentadas com relação àqueles a quem amavam e com os quais tiveram agradável conselho. Abriram o coração à semeadura do joio; o joio brotou entre o trigo. Eles o fortaleceram; a seara de trigo tornou-se cada vez menor; e a preciosa verdade para eles perdeu o seu poder. Durante algum tempo falso zelo acompanhou-lhes as novas teorias, que lhes endureceram o coração contra os que advogavam a verdade, como fizeram os judeus contra Cristo. TM 412 1 Sob o zelo de Satanás têm alguns por algum tempo a aparência de homens que estão em florescente condição; mas é apenas por um lapso de tempo. Satanás os levou tão longe que insultam o Espírito de Deus. Espalham-se como um verde loureiro. O Senhor os suporta por algum tempo. Permite-lhes manifestar sua inveja e ódio contra o povo de Deus, como permitiu a Satanás desenvolver seu caráter para que este aparecesse diante do universo celeste, diante dos mundos não caídos, e do mundo caído, em seus verdadeiros atributos, como enganador, acusador dos irmãos, de coração homicida. Levantai barreiras contra o inimigo TM 412 2 Muitos dos que agora pretendem crer na verdade, mas que não têm uma âncora, estarão ligados com o grupo de Satanás. Aos que não trabalharam ao lado de Deus na questão, deixar-se-á que se demonstrem uma pedra de tropeço àqueles que por si mesmos alcançaram uma experiência viva. Que todo o ministro, em vez de ficar a criticar e a questionar, a duvidar e a se opor, se houver ainda que seja uma sombra de oportunidade para fazê-lo, seja empregado em levantar barreiras contra os astutos inimigos. Ao em vez de lutar contra os que o Senhor enviou para salvar a estes, ore o Seu povo fervorosa e continuamente pelo poder da graça de Deus, e para que o Comandante das hostes do Senhor Se ponha a campo. Em vez de se arvorar em juízes de homens que Deus aceitou para Lhe prestar serviço, seja o fardo de sua oração noite e dia, o de que o Senhor possa enviar mais obreiros para Sua vinha. Ministros, não desonreis ao vosso Deus nem ofendais ao Seu Santo Espírito, fazendo comentários sobre os caminhos e as maneiras dos homens que Ele quis escolher. Deus conhece o caráter. Vê o temperamento dos homens que Ele escolheu. Ele sabe que ninguém a não ser homens sinceros, firmes, determinados, de sentimentos fortes, verá nesta obra sua vital importância, e dará tal firmeza e decisão a seus testemunhos que estes abrirão brecha nas barreiras de Satanás. TM 413 1 É para o seu bem que Deus dá aos homens conselhos e reprovações. Envia Sua mensagem, dizendo-lhes o que é necessário para a época -- 1897. Aceitastes a mensagem? Atendestes ao apelo? Ele vos deu a oportunidade de vir armados e equipados em auxílio do Senhor. E havendo feito tudo, disse-vos Ele que ficásseis firmes. Mas vós vos preparastes? Dissestes: "Eis-me aqui, envia-me a mim"? Sentastes-vos quietos e nada fizestes. Deixastes que a Palavra do Senhor caísse desatendida por terra; e agora o Senhor tomou homens que eram meninos quando vós estáveis na parte mais avançada da frente da batalha, e lhes dá a mensagem e a obra que não tomastes sobre vós. Sereis para eles pedras de tropeço? Criticareis? Direis: "Estão saindo do seu lugar"? No entanto não preenchestes o lugar que eles agora são chamados a ocupar. TM 413 2 Oh, por que serão os homens empecilhos, quando poderiam ser um auxílio? Por que calçarão as rodas quando poderiam empurrar com assinalado êxito? Por que roubarão a sua própria alma do bem e privarão outros das bênçãos que por meio deles poderiam advir? Esses rejeitadores da verdade permanecerão como desertos estéreis onde não fluem águas refrescantes e curadoras. E o seu ministério tão destituído de orvalho como eram as montanhas de Gilboa, onde não havia nem orvalho nem chuva. Não estão revestidos da unção divina e não transmitem bênçãos aos outros. Poderiam eles humilhar o seu coração, confessando seus pecados, e romper o domínio de Satanás sobre eles. Poderiam quebrar os grilhões que a educação, o preconceito, ou os hábitos forjaram. Se tão-somente inquirissem de Deus, no espírito de penitência, eles O encontrariam. Então não satisfariam a sua própria vontade, mas iriam onde o Espírito do Senhor guiasse; seriam dirigidos por Ele. Ajuntai as luzes TM 414 1 A limpeza e a purificação certamente passarão por todas as igrejas de nossa terra que têm tido grandes oportunidades e privilégios e por eles têm passado sem lhes dar atenção. Não é de mais evidências que carecem. Necessitam de corações puros e santificados para ajuntar e reter toda luz que Deus tem dado, e então andarão nessa luz. TM 414 2 Não precisamos dizer: "Os perigos dos últimos dias estão prestes a nos sobrevir." Eles já vieram. Necessitamos agora que a espada do Senhor corte a própria alma e a medula das concupiscências, apetites e paixões carnais. Oxalá ela penetre e divida em muito maior escala do que já o fez até aqui. Seja abatido todo o orgulho. Seja o que está seguro na carne arrancado do refúgio de mentira com que tem procurado enganar o povo de Deus. Corte ela o seu egoísmo, e abra os olhos aos cegos para que possam ver que não estão perfeitos à vista de Deus. TM 414 3 Dirijo-me ao povo de Deus que está hoje mantendo firme a sua confiança, que não se apartará da fé que uma vez foi dada aos santos, que está em pé em meio das trevas morais destes dias de corrupção. A Palavra do Senhor para vós é: "E folgarei em Jerusalém, e exultarei no Meu povo." Não podemos nós ver aqui o paternal amor de Deus expresso para com aqueles que se apegam à fé em justiça? Entre Deus e o Seu povo existe a mais íntima relação. Não somente somos alvo de Sua misericordiosa graça, de Seu amor perdoador; somos mais do que isto. O Senhor Se regozija em Seu povo. Nele Se deleita. Ele é o seu penhor. Ele embelezará a todo aquele que O serve com inteireza de coração, com espírito de santidade. Ele os reveste de justiça. Ama aos que fazem a Sua vontade, que Lhe refletem a imagem. Todos os fiéis e verdadeiros são transformados à imagem de Seu Filho. Na sua boca não há engano, pois estão sem falta diante do trono de Deus. Nossa mensagem TM 415 1 Qual é a mensagem que devemos dar? "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? ouvi-Me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a Mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei um concerto perpétuo, dando-vos as firmes beneficências de Davi. Eis que Eu o dei como testemunha aos povos, como príncipe e governador dos povos. Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel; porque Ele te glorificou. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." TM 415 2 Aos meus irmãos do ministério diria eu: Prossegui nesta obra com tato e habilidade. Ponde a trabalhar os moços e moças de nossas igrejas. Combinai a obra médico-missionária com a proclamação da mensagem do terceiro anjo. Envidai esforços regulares e organizados no sentido de tirar as igrejas do ponto morto em que têm caído, e em que por anos têm permanecido. Enviai às igrejas obreiros que apresentem os princípios da reforma de saúde em ligação com a mensagem do terceiro anjo, a cada família e indivíduo. A todos incentivai a tomar parte na obra em favor de seus semelhantes, e vede se não voltará rapidamente a essas igrejas o fôlego de vida. TM 416 1 Estudai fielmente o capítulo trinta e três de Ezequiel. O trabalho que se está fazendo no ramo médico-missionário, é justamente o trabalho que Cristo ordenou que Seus seguidores fizessem. Não podeis ver claramente que os que se empenham nessa obra estão cumprindo a comissão do Salvador? Não podeis ver que agradaria ao vosso Salvador se pusésseis de lado toda a falsa dignidade, e em Sua escola aprendêsseis a usar o Seu jugo e a levar-Lhe os fardos? A necessidade de cristianismo sincero TM 416 2 O mundo precisa de evidências de cristianismo sincero. Professo cristianismo pode-se ver por toda a parte; mas quando o poder de Deus for visto em nossas igrejas, os membros farão as obras de Cristo. Os traços de caráter naturais e hereditários serão transformados. A habitação de Seu Espírito habilitá-los-á a revelar a semelhança de Cristo, e o êxito de seu trabalho será proporcional à pureza de sua piedade. TM 416 3 Há em nosso mundo muitos obreiros cristãos que ainda não ouviram as grandiosas e maravilhosas verdades que a nós têm vindo. Estão eles fazendo uma boa obra, de acordo com a luz que têm, e muitos deles estão mais adiantados no conhecimento do trabalho prático do que os que têm tido grande luz e oportunidades. TM 417 1 É de surpreender a indiferença existente entre nossos ministros quanto à reforma de saúde e a obra médico-missionária. Alguns dos que não professam ser cristãos tratam essas questões com muito maior reverência do que alguns de nosso próprio povo, e a não ser que nos levantemos, eles nos tomarão a dianteira. TM 417 2 A palavra que o Senhor me deu para nossos ministros e igrejas é: "Ide avante." "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado, e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." De Deus deve-se indagar TM 417 3 Cooranbong, Austrália, 27 de Agosto de 1896. TM 417 4 Há necessidade de piedade. Deve-se ver menos confiança própria e muito mais humildade. A obra de Deus chegou a ser considerada coisa comum. Muito melhor teria sido mudar os homens das mesas de comissões do que durante anos ter conservado os mesmos homens, até virem eles a supor que suas propostas deviam ser adotadas sem objeção; e geralmente nenhuma voz se tem levantado em direção oposta. Há homens que se assentam nos concílios e que não têm o discernimento que deveriam ter. Sua compreensão é acanhada e egoísta. Há necessidade de mudança. Não será sensato executar a metade ou um quarto dos empreendimentos que têm sido planejados. TM 418 1 Que cada um dos que se assentam nos concílios e nas reuniões de comissão escreva no coração as palavras: Trabalho para o tempo e para a eternidade. Devo prestar contas a Deus de todos os motivos que me impelem à ação. Seja este o seu moto. Ascenda a Deus a oração do salmista: "Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. Não inclines o meu coração para o mal, nem para se ocupar de coisas más, com aqueles que praticam a iniqüidade; e não coma das suas delícias." "Dá-me o teu coração" TM 418 2 Adelaide, Austrália, 12 de Outubro de 1896. TM 418 3 Os que estão em posições de responsabilidade não se devem converter aos princípios de condescendência própria e extravagantes do mundo; pois não podem correr esse risco; e se pudessem, não o permitiriam os princípios cristãos. Múltiplos ensinos precisam ser dados. "A quem pois se ensinaria a ciência? e a quem se daria a entender o que se ouviu? ao desmamado e ao arrancado dos seios? Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali." Assim deve a Palavra do Senhor ser pacientemente apresentada aos filhos e diante deles conservada por pais que crêem na Palavra de Deus. "Pelo que por lábios estranhos e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir. Assim pois a Palavra do Senhor lhes será mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali; para que vão e caiam para trás e se quebrantem, e se enlacem, e sejam presos." Por quê? -- porque não dão ouvidos à Palavra do Senhor que lhes foi enviada. TM 419 1 Atinge isto aos que não receberam instrução mas têm acalentado a sua própria sabedoria, e escolhido trabalhar eles mesmos segundo as suas próprias idéias. A estes o Senhor dá a prova, para que ou tomem posição no sentido de Lhe seguir os conselhos, ou recusem e ajam de acordo com as suas próprias idéias; e então o Senhor os deixará entregues ao resultado certo. Em todos os nossos caminhos, e em todo o nosso trabalho para Deus, Ele nos fala: "Dá-Me o teu coração." É um espírito submisso, suscetível de ser ensinado que Deus deseja. O que dá a excelência à oração é o fato de que ela provém de um coração amoroso e obediente. TM 419 2 Deus requer certas coisas de Seu povo; se eles dizem: Não entregarei meu coração para fazer isto, o Senhor os deixa seguir em seu julgamento supostamente sensato sem a sabedoria celestial, até que esta escritura [Isaías 28:13] se cumpra. Não deveis dizer: Seguirei a direção do Senhor até certo ponto que está em harmonia com o meu modo de julgar, e então apegar-vos a vossas próprias idéias, recusando ser amoldados à semelhança do Senhor. Faça-se a pergunta: É esta a vontade do Senhor? e não: É esta a opinião ou é este o juízo de _____? A norma do Senhor TM 419 3 Tudo deve ser visto à luz do exemplo de Cristo. Ele é a verdade. Ele é a Luz verdadeira que alumia a todo o homem que vem ao mundo. Ouvi-Lhe as palavras, imitai-Lhe o exemplo de abnegação e sacrifício próprio, e buscai os méritos de Cristo para alcançar a glória de caráter que Ele possui para vos conceder. Os que seguem a Cristo não vivem para agradar a si mesmos. As normas humanas assemelham-se a hastes frágeis. A norma do Senhor é a perfeição de caráter. TM 420 1 "Porque o Senhor Se levantará como no Monte de Perazim, e Se irará, como no vale de Gibeom, para fazer a Sua obra, a Sua estranha obra, e para executar o Seu ato, o Seu estranho ato. Agora pois não mais escarneçais, para que vossas ligaduras se não façam mais fortes; porque já ao Senhor Jeová dos Exércitos ouvi falar de uma destruição, e essa já está determinada sobre toda a Terra." Ler Deuteronômio 7:6. Ler todo o capítulo, e também os capítulos 1, 8. Foram-me apresentados como sendo a Palavra do Senhor. Tais coisas foram escritas para nossa admoestação, para quem já são chegados os fins dos séculos. TM 420 2 Só devemos ter ligados com nossas instituições os que ouçam a Palavra do Senhor, e Lhe apreciem a voz e Lhe obedeçam. Quando um homem pleitear e insistir em que sua opinião e seu julgamento sejam supremos, em qualquer uma de nossas instituições, não poderíeis ter maior evidência de que esse homem não se conhece, e não está habilitado para administrar. Cometerá erros, e prejudicará em vez de restaurar. Não sabe que responsabilidades estão envolvidas em sua relação para com Deus ou para com seus semelhantes. TM 420 3 "Havendo pois de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser?" Os que andam humildemente diante de Deus, não se esforçarão por alcançar maiores responsabilidades, mas considerarão que têm uma obra especial a fazer e serão fiéis para com seu dever. Em nossas instituições muito bem se pode fazer educando por preceito e exemplo, na economia em todos os sentidos. Se vós, meu irmão, tivésseis aprendido na escola de Cristo a ser manso e humilde de coração, sempre estaríeis em terreno vantajoso. Mas não tendes um caráter bem equilibrado. Não podeis confiar com segurança em vosso próprio julgamento em todas as coisas. O modo do homem é idear e fazer projetos. Deus implanta o princípio. O homem se esforça por fazer com que o dever se torne fácil e se acomode a seu próprio caráter natural; mas a vida é um campo de batalha; a vida é uma carreira que ele deve correr se quiser ser vitorioso. ... As escusas não têm valor TM 421 1 A questão que devemos considerar é: Temos nós os atributos de Cristo? Escusas de nada valem. Todas as circunstâncias, todos os apetites e paixões devem ser servos do homem que teme a Deus e não governadores seus. Não deve o cristão ser escravizado por quaisquer hábitos ou tendências hereditários ou cultivados. Deve ele dominar as paixões animais, em vez de ser mantido na escravidão do hábito. TM 421 2 Não devemos ser servos das circunstâncias mas dominá-las por um princípio elaborado, aprendido do maior dos mestres que o mundo já conheceu. A solene posição em que ficamos hoje para com o mundo, as solenes responsabilidades e deveres que nos foram impostos por nosso Senhor, não devem ser ignorados até que nossa vontade e nossas circunstâncias sejam ajustadas. O princípio da abnegação e do sacrifício próprio, conforme é revelado no exemplo de Cristo, de João Batista, e de Daniel e dos três heróis, deve passar como a relha de um arado pelos hábitos hereditários e cultivados, por todas as circunstâncias e ambientes. TM 421 3 Pergunto-vos: Está o reino de Deus em vós? Deve o povo de Deus ser homens da hora, sempre prontos, sempre serenos em Jesus Cristo. Chegou agora o tempo em que num momento podemos estar em terra sólida, e no outro momento pode ela estar fugindo de debaixo de nossos pés. Haverá terremotos onde menos se espera. TM 421 4 A palavra cristianismo tem um sentido muito mais amplo do que muitos lhe têm dado até aqui. Não é um credo. É a palavra dAquele que vive e permanece para sempre. É um princípio vivo e animado, que se apodera da mente, do coração, dos motivos e de todo o homem. Cristianismo -- oh, se lhe pudéssemos experimentar a operação! É uma experiência vital, pessoal, que eleva e enobrece todo o homem. Cada homem é responsável para com Deus, que fez provisões para que todos recebessem essa bênção. Mas muitos não a recebem, embora Cristo a tivesse comprado a um preço infinito. Não lançam mão da bênção que está ao seu alcance e portanto mantêm os seus traços objetáveis de caráter, e o pecado jaz à porta. Embora professem piedade, Satanás os tem tornado agentes seus para derribar e confundir onde ele acha melhor fazê-lo. Exercem uma influência deletéria para com a alma de muitos que necessitam de um exemplo que os ajude a alcançar o Céu. TM 422 1 Quem são os súditos do reino de Deus? -- Todos quantos fazem Sua vontade. Eles têm justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Os membros do reino de Cristo são os filhos de Deus, sócios de Sua grande firma. Os eleitos de Deus são uma geração escolhida, um povo peculiar, uma nação santa, para manifestar os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. São o sal da Terra, a luz do mundo. São pedras vivas, sacerdócio real. Estão em sociedade com Jesus Cristo. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. ... Nossa individualidade TM 422 2 Há direitos que pertencem a todo indivíduo. Temos uma individualidade e uma identidade que nos é inerente. Ninguém pode submergir sua identidade na de qualquer outra pessoa. Todos devem agir por si mesmos, segundo os ditames de sua própria consciência. No que tange à nossa responsabilidade e influência, somos responsáveis para com Deus visto a nossa vida dEle derivar. Não obtemos isso da humanidade, mas de Deus apenas. Somos Seus pela criação e pela redenção. Nosso próprio corpo não nos pertence, para que o tratemos como nos aprouver, para o tornar defeituoso devido a hábitos que levam à decadência, tornando-lhe impossível prestar a Deus um serviço perfeito. Nossa vida e todas as nossa faculdades Lhe pertencem. Ele cuida de nós cada momento; conserva o maquinismo vivo em ação; se fosse deixado ao nosso cuidado dirigi-lo por um momento, morreríamos. Dependemos absolutamente de Deus. TM 423 1 Aprende-se uma grande lição quando compreendemos nossa relação para com Deus e Sua relação para conosco. As palavras: "Não sois de vós mesmos", "porque fostes comprados por bom preço", devia ser fixada nas recâmaras da memória, para que sempre possamos reconhecer o direito de Deus sobre nossos talentos, nossa propriedade, nossa influência e o nosso eu individualmente. Devemos aprender a lidar com esses dons de Deus no espírito, na alma e no corpo, a fim de que como possessão adquirida de Cristo, possamos prestar-Lhe serviço sadio e agradável. Semear junto a todas as águas TM 423 2 Devemos semear junto a todas as águas, conservando nossa alma no amor de Deus, trabalhando enquanto é dia, e usando os meios que o Senhor nos deu para cumprir seja qual for o dever que esteja mais perto. Seja o que for que nossas mãos tenham de fazer, devemos fazê-lo com alegria; seja qual for o sacrifício que de nós se exija fazer, devemos fazê-lo com regozijo. Ao semearmos junto a todas as águas, reconheceremos que "o que semeia em abundância, em abundância também ceifará". TM 423 3 "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria; e Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra." Não recueis logo que o Espírito Santo vos desperte na mente o senso do dever. Agi segundo a sugestão, pois esta foi insinuada pelo Senhor. "Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele." TM 424 1 Muito significa semear junto a todas as águas; significa contínuo repartir dos dons e ofertas. Deus fornecerá os recursos, para que aquele mordomo fiel dos meios que Ele confiou seja suprido com abundância em todas as coisas, e seja habilitado a abundar em toda a boa obra. A pregação de Cristo TM 424 2 Há uma grande obra a fazer. O mundo não será convertido pelo dom de línguas, ou pela operação de milagres, mas pela pregação de Cristo crucificado. Deve-se permitir que o Espírito Santo trabalhe. Deus colocou instrumentos em nossas mãos e devemos usar cada um deles para fazer a Sua vontade e seguir o Seu caminho. Como crentes, temos o privilégio de desempenhar uma parte em levar avante a verdade para este tempo. Tanto quanto possível, devemos empregar os meios e os agentes que Deus nos deu para introduzir a verdade em novas localidades. Devem-se construir igrejas para acomodar o povo de Deus, para que possam levantar-se como centros de luz que brilhem em meio às trevas do mundo. ... TM 424 3 Esta é a obra que Deus quer que façamos. Os que pretendem ser filhos de Deus devem seguir o exemplo de Cristo. Aliviai as necessidades físicas de vossos semelhantes, e sua gratidão derribará as barreiras, e vos habilitará a alcançar-lhes o coração. Considerai sinceramente esta questão. Como igreja tendes tido a oportunidade de trabalhar como coobreiros de Deus. Tivésseis obedecido à Palavra de Deus, tivésseis entrado nessa obra e teríeis sido abençoados e encorajados, e teríeis obtido uma rica experiência. Encontrar-vos-íeis como agentes humanos de Deus, advogando fervorosamente um plano de economia, de restauração, de salvação. Esse plano não seria fixo, mas progressivo, avançando de graça em graça, e de força em força. TM 425 1 Cristo procurou o povo onde este estava, colocando diante deles as grandes verdades concernentes a Seu reino. Ao ir de um lugar para outro, abençoou e confortou aos sofredores, e curou os enfermos. Essa é nossa obra. Deus quer que aliviemos as necessidades dos desfavorecidos. A razão de o Senhor não manifestar de maneira mais decidida o Seu poder, é haver tão pouca espiritualidade entre os que pretendem crer na verdade. ------------------------Capítulo 16 -- Elevai as normas Limpos de mãos e puros de coração TM 426 1 Há muita pregação da verdade mas poucos são por ela santificados. A piedade e a justiça não são introduzidas na vida prática, e o Senhor é desonrado; e não tendo ligação vital com Deus, a pobre e fraca natureza humana não tem forças para resistir à tentação, e nunca terá, enquanto o convertedor poder de Deus não se apoderar da alma. TM 426 2 Aproximamo-nos do juízo e os que dão a mensagem de advertência ao mundo, devem ter mãos limpas e corações puros. Devem ter uma ligação íntima com Deus. Os pensamentos devem ser puros e santos, a alma sem mácula, devem o corpo, a alma e o espírito ser uma oferta pura e limpa a Deus, ou Ele não a aceitará. TM 426 3 Recentes e dolorosos desenvolvimentos do mal são uma das maiores evidências que temos de que o fim está próximo. Satanás, como um leão que ruge, está andando em derredor, buscando a quem possa tragar; se os homens e mulheres que estão sob a ofuscante luz que agora brilha neste tempo perigoso forem achados fornicadores, temo que Deus os separará para sempre da obra. Exige-se ação decidida TM 426 4 Por faltas de caráter comparativamente leves são os jovens tratados com muita severidade; mas quando homens e mulheres de ampla experiência, e que têm sido considerados modelos de piedade, se revelam em seu verdadeiro caráter -- não santificados, sem santidade, de pensamentos impuros, de conduta degradante -- então é tempo de tais pessoas serem tratadas de maneira decisiva. A grande tolerância que para com eles é exercida, só tem tido, tanto quanto eu tenha conhecimento, a influência de fazer com que considerem sua fornicação e adultério como coisa muito leve, e toda a sua pretensão tem se demonstrado semelhante ao orvalho da manhã quando sobre ele brilha o sol. TM 427 1 Tão logo são colocados sob a tentação, já revelam seus defeitos morais -- que não participam da natureza divina, nem escaparam da corrupção que pela concupiscência há no mundo; antes são terrenos, sensuais, diabólicos. Neles encontra Satanás algo que ele pode transformar em acentuada iniqüidade, e aproveita a oportunidade, e o resultado é que os que pretendem ser pastores do rebanho, têm mente carnal, conduzindo para a licenciosidade e a lascívia as ovelhas que estão sob seu cuidado, e cuja pureza, modéstia e virtude, eles deviam guardar estritamente. Os anjos do Céu contemplam isto com vergonha, tristeza e aversão. Como podem os anjos puros do Céu ministrar a essa classe? Como podem eles levar luz do Céu às assembléias em que tais ministros estão advogando a lei de Deus, mas quebrando essa lei sempre que se apresente uma oportunidade favorável; vivendo uma mentira, seguindo uma atitude dissimulada, operando em segredo, nutrindo seus pensamentos poluídos e inflamando suas paixões, e então tirando vantagens de homens e mulheres que são tentados, como eles mesmos, a derribar todas as barreiras e aviltar seus corpos e a poluir sua alma? Como podem eles fazer tal coisa? Como podem ter diante de si qualquer temor de Deus? Como poderão ter qualquer amor a Deus em sua alma? De que vale sua fé na verdade? TM 427 2 Limpai o campo dessa corrupção moral, atinja ela os mais altos homens nas posições mais elevadas. Deus não será escarnecido. Há prostituição em nossas fileiras, bem o sei, pois me tem sido mostrado que ela estava fortalecendo e ampliando a sua impureza. Muito há que nunca saberemos, mas o que é revelado torna a igreja responsável e culpada a menos que revele determinado esforço para erradicar o mal. Limpai o acampamento, pois nele há anátema. TM 428 1 As palavras de Deus a Josué são: "Não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós. Levanta-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Anátema há no meio de ti, Israel; diante dos teus inimigos não poderás suster-te, até que tires o anátema do meio de vós." Essas coisas foram escritas para nosso benefício, aqueles a quem já são chegados os fins dos séculos. Falsos pastores TM 428 2 Não tenho verdadeiro motivo de esperança para com aqueles que têm permanecido como pastores do rebanho e que por anos têm sido suportados pelo misericordioso Deus, seguindo-os com reprovações, advertências e súplicas, mas que têm escondido seus maus caminhos e neles continuado desafiando as leis do Deus do Céu pela prática da fornicação. Podemos deixá-los operar sua própria salvação com temor e tremor, depois que tudo se tiver feito para os reformar; mas em caso algum lhes confieis o cuidado de almas. Falsos pastores! Oh, poderá ser que os homens que por longo tempo se têm empregado nessa obra, corrompam seus caminhos diante de Deus depois de ter grande experiência e luz especial? TM 428 3 O que está para vir diz: "E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Todo o ato bom praticado pelo povo de Deus como fruto de sua fé, terá a correspondente recompensa. Como uma estrela difere de outra estrela em glória, assim serão designadas aos crentes diferentes esferas na vida futura. Encontrar-se-á o homem que não andou com Deus como Enoque, antes andou ao lado de Satanás, atendendo-lhe as sugestões, obedecendo-lhe as insinuações, pondo em perigo sua própria alma e a daqueles por quem Cristo morreu, para satisfazer a mente carnal, dando largas ao pecado em seu exemplo -- encontrar-se-á tal homem entre os vencedores? TM 429 1 Quando um homem morre, com ele não morre sua influência; ela continua a viver, reproduzindo-se. A influência do homem que era bom, puro e santo, continua a viver depois de sua morte, como o brilho do sol poente lança as suas glórias através dos céus, iluminando os picos das montanhas muito depois de haver o Sol mergulhado atrás da colina. Assim refletirão sua luz as obras do que é puro, santo e bom, quando ele não mais viver para falar e agir por si mesmo. Suas obras, suas palavras, seu exemplo, viverão para sempre. "O justo ficará em memória eterna." TM 429 2 Mas que contraste com isto apresenta a vida dos que são terrenos, sensuais, diabólicos! Transigiu-se com o prazer sensual. À luz do Juízo, o homem aparece como é, despido das vestes do Céu. Aparece diante dos outros como é à vista de um Deus santo. Pense seriamente cada um de nós se as obras que nos seguirão serão a luz suave do Céu, ou as sombras das trevas, ou se o legado que transmitimos à posteridade é de bênçãos ou maldições. TM 429 3 Toda hora que passa, no presente, está dando forma a nossa vida futura. Esses momentos gastos descuidadamente, na satisfação do eu, como se não tivessem valor, estão decidindo nosso destino eterno. As palavras que hoje pronunciamos, continuarão ecoando quando não houver mais tempo. Os atos hoje praticados são transferidos para os livros do Céu, assim como um filme é transferido pelo artista para a chapa de impressão. Determinarão eles o nosso destino para a eternidade, para a bem-aventurança ou para a perda eterna e agoniante remorso. O caráter não pode ser mudado quando Cristo vier, nem justamente quando o homem está prestes a morrer. A edificação do caráter deve realizar-se nesta vida. Tememos que tarde demais venha o arrependimento à alma manchada e condescendente consigo mesma. Algumas resoluções, algumas lágrimas nunca anularão uma vida culpada que passou, nem apagarão dos livros dos Céus as transgressões, os pecados voluntários conhecidos dos que tiveram a preciosa luz da verdade e podem explicar as Escrituras aos outros, enquanto o pecado e a iniqüidade são sorvidos como águas roubadas. Como se fossem escritos com pena de ferro, podem-se encontrar gravados na rocha para sempre. A necessidade de alarme TM 430 1 Se pudesse, gostaria de alarmar meus irmãos. Com eles insistiria pela pena e pela voz: Vivei no Senhor, andai com Deus se no Senhor quiserdes morrer, e entrai pouco a pouco onde o Senhor habita para sempre. Não sejais desobedientes às advertências celestiais; pegai os apelos negligenciados, as súplicas, as advertências, as censuras, as ameaças de Deus, e deixai que elas vos corrijam o coração obstinado e pecaminoso. Deixai que a graça transformadora de Cristo vos torne puros, verdadeiros, santos e formosos como o puro lírio branco que desabrocha no coração do lago. Transferi vosso amor e afeições para Aquele que por vós morreu na cruz do Calvário. Educai vossos lábios a pronunciar os Seus louvores e a elevar as vossas orações como um santo incenso. TM 430 2 Pergunto-vos outra vez: Como pode alguém que tem as preciosas e solenes mensagens para este tempo, condescender com pensamentos impuros e atos ímpios, quando sabe que Aquele que nunca tosqueneja nem dorme, vê cada ação e lê todo o pensamento da mente? Oh, é porque se encontra iniqüidade no professo povo de Deus que Ele tão pouco pode fazer por eles! A verdade no coração santifica TM 431 1 Uma vez recebida no coração, a verdade santifica o que a recebe; conservada à parte da vida e da prática, é morta e inútil para quem a recebe. Como podeis vós, oh, como podeis vós entristecer o vosso Redentor? Como podeis desonrá-Lo diante dos anjos e perante os homens? Como podeis entristecer o Espírito Santo de Deus? Como podeis crucificar de novo o Senhor da glória, e expô-Lo ao vitupério? Como podeis dar ocasião a Satanás e seus anjos de exultarem e triunfarem sobre os que pretendem ser súditos leais de Jesus Cristo? TM 431 2 Todos os adúlteros estarão fora da cidade de Deus. Já os anjos de Deus estão a trabalhar no juízo, e o Espírito de Deus está gradualmente abandonando o mundo. Muito perto está a vitória da igreja, a recompensa. A recompensa a ser concedida já está quase ao nosso alcance, e ainda há iniqüidade entre os que alegam ter todo o brilho da luz celestial. TM 431 3 Aquele que domina sobre toda a igreja e os destinos das nações está levando avante a última obra a ser realizada em favor deste mundo. A Seus anjos dá Ele a incumbência de executar Seus juízos. Despertem os ministros, compreendam a situação. A obra do julgamento começa no santuário. "E eis que vinham seis homens a caminho da porta alta, que olha para o norte, e cada um com as suas armas destruidoras na mão, e entre eles um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cinta; e entraram, e se puseram junto ao altar de bronze." Ler Ezequiel 9:2-7. A ordem é: "Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Disse Deus: "Sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho." TM 432 1 Logo serão pronunciadas as palavras: "Ide, derramai sobre a Terra as sete salvas da ira de Deus." Um dos ministros de vingança declara: "E ouvi o anjo das águas que dizia: Justo és Tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas." Esses seres celestiais ao executarem o mandado de Deus, não fazem perguntas, mas fazem o que lhes é ordenado. Jeová dos Exércitos, o Senhor Deus todo-poderoso, o Justo, o Verdadeiro, e o Santo, dá-lhes uma obra a fazer. Com indeclinável fidelidade saem eles revestidos de linho branco e puro, tendo o peito cingido com cintos de ouro. E uma vez cumprida a sua tarefa, ao ser derramada a última taça da ira de Deus, voltam eles e depositam as taças vazias aos pés do Senhor. TM 432 2 E a cena seguinte é registrada: "E depois destas coisas ... ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia: pois já o Senhor Deus todo-poderoso reina." Eles cantam o cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro. Conservai-vos bem perto do líder TM 432 3 Devemos conservar-nos bem perto de nosso grande Líder, ou ficaremos confundidos, e perderemos de vista a Providência que governa sobre a igreja e o mundo e sobre todo o indivíduo. Haverá profundos mistérios nos tratos divinos. Podemos perder as pegadas de Deus, e seguir a nossa própria confusão, dizendo: Teus juízos não são conhecidos; mas se o coração for fiel a Deus, tudo se tornará claro. TM 433 1 Há um dia que está justamente a irromper sobre nós, quando se verão os mistérios de Deus, e todos os Seus caminhos serão vindicados; quando a justiça, a misericórdia e o amor serão os atributos de Seu trono. Quando findar o conflito terreno, e os santos forem recolhidos para o lar, nosso primeiro tema será o cântico de Moisés, o servo de Deus. O segundo tema será o cântico do Cordeiro, o hino de graça e redenção. Esse hino será mais alto, mais elevado, e, em mais sublimes acentos, ecoando e reecoando pelas cortes celestes. Assim é entoado o cântico da providência de Deus, ligando as várias dispensações; pois tudo agora é visto sem véu entre o que é legal, o que é profético, e o evangelho. A história da igreja na Terra e a igreja remida no Céu, tudo se centraliza na cruz do Calvário. Eis o tema, eis o cântico -- Cristo é tudo em todos -- em antífonas de louvor a ressoarem através do Céu, entoadas por milhares e dezenas de milhares, e uma incontável multidão das hostes dos remidos. Todos se unem nesse cântico de Moisés e do Cordeiro. É novo cântico, pois nunca dantes fora cantado no Céu. TM 433 2 De novo vos pergunto: Em vista da revelação feita a João na ilha de Patmos, que desde a abertura do primeiro capítulo até o fim do último, é luz, grande luz, a nós revelada por Jesus Cristo, que escolheu a João para ser um conduto pelo qual essa luz devesse irradiar para o mundo -- tendo a revelação de tão maravilhosas e solenes verdades, tendo o desdobramento de tão grandes verdades diante de nós nos acontecimentos que se realizarão justamente antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens do céu com poder e grande glória, como podem aqueles que pretendem ver coisas maravilhosas na lei de Deus achar-se na lista dos impuros, dos fornicadores e adúlteros, fugindo constantemente à verdade, perpetrando secretamente a iniqüidade? Pensais que eles podem esconder do Senhor os seus caminhos? que Deus não vê? que Deus não toma conhecimento? Hóspedes não convidados TM 434 1 Enquanto se empenhava em sua sacrílega festa, não se apercebia Belsazar de que tinha hóspedes que ele não convidara. O Deus dos Céus ouviu os louvores conferidos aos vasos de ouro e prata. Viu a profanação daquilo que a Ele fora dedicado em santa consagração, ser usado para propósitos profanos e licenciosos. É uma verdade que deve fazer cada um de nós chorar, que os que vivem nestes últimos dias e a quem são chegados os fins dos séculos, são muito mais culpados do que Belsazar. E isto é possível de muitas maneiras. Quando o homem toma sobre si mesmo o voto de consagração, para dedicar todas as suas forças ao sagrado serviço de Deus; quando ocupa posição de expositor da verdade bíblica, e recebeu a solene incumbência; quando os anjos de Deus são convidados como testemunhas da solene dedicação do corpo, da alma e do espírito ao serviço de Deus -- então profanarão esses homens que ministram num sacratíssimo ofício, as faculdades que Deus lhes deu, usando-as para fins não santificados? Deverão os vasos sagrados, que Deus quer usar para um trabalho elevado e santo, ser arrastados de sua esfera elevada, controladora para administrar a aviltante concupiscência? Não é essa adoração de ídolo da mais degradante espécie? -- os lábios dando louvores e adorando a um pecaminoso ser humano, extravasando expressões de arrebatadora ternura e adulação que só pertencem a Deus -- as faculdades entregues a Deus em solene consagração, servindo a uma prostituta; pois qualquer mulher que permitir os galanteios de qualquer homem que não seja seu marido, que der ouvidos aos seus atrevimentos, e cujos ouvidos se agradam do extravasar de palavras pródigas de afeição, de adoração, de carinho, é adúltera e prostituta. TM 435 1 Não há maior infortúnio do que se tornar adorador de um deus falso. Nenhum homem está em trevas mais miseráveis do que aquele que perde o seu caminho para o Céu. Parece que tem sobre si uma paixão louca, pois tem um falso deus. Volver esta adoração de seres da Terra, humanos, caídos e corruptos para o único verdadeiro objeto de adoração, parece tarefa sem esperança. Há em nossos tempos uma contínua repetição da festa de Belsazar e da adoração de Belsazar; e seu pecado se repete quando o coração, que Deus exige que Lhe seja dado numa devoção pura e santa, dEle se desvia para adorar a um ser humano, e os lábios são levados a pronunciar palavras de louvor e adoração que só ao Senhor Deus do Céu pertencem. Quando às afeições que Deus deseja que girem ao Seu redor se permite centralizar em objetos terrenos, uma mulher, um homem, ou qualquer coisa terrestre -- Deus é substituído pelo objeto que encanta os sentidos e as afeições, e as faculdades que foram solenemente dedicadas a Deus, são devotadas a um ser humano manchado pelo pecado. Aos homens e mulheres que uma vez trouxeram a imagem de Deus, mas estão perdidos pela desobediência e o pecado, deseja Ele restaurar novamente, tornando-se eles participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. E quando homens e mulheres dedicam a propósitos ímpios as faculdades que Deus lhes deu, servindo a concupiscência, Deus é desonrado e os que assim agem são arruinados. TM 435 2 Ao vos empenhardes no culto do homem e da mulher, lembrai-vos de que estão presentes as mesmas testemunhas que estiveram na festa de Belsazar. Naquela ocasião, quando em meio a orgia, sendo Deus esquecido, quando os sentidos carnais estavam inflamados, passou por toda a alma um calafrio de terror. A taça que era louvada e idolatrada pelo rei caiu-lhe das mãos nervosas, e na linguagem do Espírito de Deus, "então se mudou o semblante do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro". Uma mão misteriosa e pálida foi vista traçando caracteres na parede. Estes dedos misteriosos que pertenciam a um poder invisível e que por ele eram dirigidos, escreveram os distintos mas misteriosos caracteres, que eram ininteligíveis aos dissolutos folgazões tomados de medo. Uma luz como de um relâmpago seguiu à formação de cada letra, e ali permaneceu, tornando-as caracteres vivos de terrível e espantosa significação para todos que os contemplavam. Mene, Mene, Tequel e Parsim. A sua própria ignorância quanto àquelas letras traçadas na parede, e que ali estavam reluzentes de luz, levou-lhes o terror ao pecaminoso coração. Suas consciências despertadas interpretaram essas letras como sendo uma denúncia contra eles. A suspeita, o temor e o alarma apoderaram-se do rei e dos príncipes. TM 436 1 Belsazar, que estava apavorado com a manifestação do poder de Deus que demonstrava terem eles uma testemunha, embora não o soubessem, tivera grandes oportunidades de conhecer as obras do Deus vivo e o Seu poder, e de fazer Sua vontade. Fora privilegiado com muita luz. Seu avô, Nabucodonosor, fora advertido do perigo de esquecer a Deus e glorificar a si mesmo. Belsazar tivera ciência do seu banimento da sociedade dos homens, e de sua associação com os animais do campo; e esses fatos, que para ele deveriam ter sido uma lição, desrespeitou, como se nunca tivessem ocorrido; e continuou a repetir os pecados do seu avô. Ousou cometer os crimes que trouxeram sobre Nabucodonosor os juízos de Deus. Foi condenado não somente por ele mesmo estar agindo impiamente mas por não se haver aproveitado das oportunidades e capacidade de andar direito, caso fossem elas cultivadas. Por que foi condenado TM 437 1 Deus a ninguém condenará no Juízo por honestamente haver crido numa mentira, ou conscienciosamente alimentado um erro; mas será por terem negligenciado as oportunidades de se familiarizarem com a verdade. O descrente será condenado não por ser descrente, mas porque não aproveitou os meios que Deus colocou ao seu alcance para habilitá-lo a se tornar cristão. TM 437 2 Assim será no juízo. A reprovação de Deus tem sido claramente pronunciada contra homens e mulheres que pecaram corrompendo seu corpo e aviltando sua alma pela licenciosidade. Têm eles as advertências dirigidas a outros que estiveram em idênticas circunstâncias, que foram vencidos pelo tentador, e sabem que eles incorriam no desagrado de Deus. Têm o exemplo de José e de Daniel, que temeram a Deus. Ao ser tentado, José olhou para o Céu e reconheceu que os olhos de Deus estavam sobre ele, e exclamou: "Como pois faria eu este tamanho mal, e pecaria contra Deus?" Também apresentou seu dever para com seu senhor, que tão completamente nele confiara, como razão contra isso. TM 437 3 Deus tem lançado luz sobre o caminho de todos. Reprovações, advertências e avisos são dados a indivíduos em idênticas circunstâncias, e Deus tem expresso a condenação do pecado em todas as suas formas. O pecado da licenciosidade é claramente censurado e condenado. Os homens e mulheres serão julgados segundo a luz que Deus lhes deu. Lições negligenciadas tornam-se terríveis juízos. As advertências de Deus negligenciadas, e das quais os homens se desviam seguindo um rumo de sua própria escolha, não oferecem lições práticas de instrução. Essas advertências serão sua condenação no Juízo. A única segurança de alguém é tomar como lição prática para si mesmo toda a lição que é dada a outrem. Ao ser dada a mensagem, então começa o seu dever individual. Demonstrando o poder de Deus TM 438 1 Deus apela aos que dizem ter-lhes sido delegado dar a verdade ao mundo, para que mostrem em todos os lugares, tanto grandes como pequenos, na vida pública e nos caminhos da vida particular, que estão em ligação com Deus, que o cristianismo fez por eles um nobre trabalho, que são mais santos, mais felizes do que os que não reconhecem a sua fidelidade aos mandamentos de Deus. Deus não exige nada menos de cada um de Seus seguidores, que revelarem eles o caráter de Cristo ao mundo, em sua vida individual, e que por preceito e exemplo dêem testemunho de que não foi em vão que Cristo sofreu e morreu para que a imagem de Deus neles fosse restaurada, pela Sua graça redentora. TM 438 2 Deus é apresentado pesando todos os homens, suas palavras, seus atos, seus motivos, aquilo que determina o caráter. "O Senhor é o Deus da sabedoria, e por Ele são as obras pesadas na balança." "Os homens de classe baixa são vaidade, e os homens de ordem elevada são mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais leves do que a vaidade." "Tu retamente pesas o andar do justo." "Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o Senhor pesa os espíritos." Importantes lições nos são sugeridas nestas escrituras. Não há um pensamento ou motivo no coração com que Deus não esteja familiarizado. Ele vê tudo com tanta clareza como se estivesse registrado em caracteres vivos, e pesa os motivos e ações individuais. Deus deve possuir todo o coração TM 439 1 Reconheçam os nossos ministros e obreiros que não é de crescente luz do púlpito que eles tanto necessitam, como de viver segundo a luz que já têm. Pregar as solenes verdades ao povo hoje, e então cair amanhã nas mais abomináveis práticas, ou seguir um rumo tortuoso na semana seguinte, não satisfará. O Esquadrinhador dos corações, Aquele que pesa o caráter, denunciará toda a ação injusta no Seu grande tribunal. "Senhor, Tu me sondaste, e me conheces. Tu... conheces todos os meus caminhos." "De longe entendes o meu pensamento." Agora considerai isto. Há uma testemunha de todas as vossas ações mais secretas, ações que nunca praticaríeis na presença do homem; mas porque Deus não é visto pelos olhos humanos, praticais diante dEle coisas que à Sua vista são uma abominação, como se Ele de nada soubesse. Lede agora os reclamos de Deus a cada homem e mulher: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Ele não dispensará um átomo de Seus reclamos; não aceitará meia adoração, enquanto metade do coração é dado a algum ídolo. Deus exige todo o coração, todo o espírito. Não vos é permitido desviar a mente de Deus e centralizá-la em qualquer outro objeto. Pesando o caráter TM 439 2 Os reclamos de Deus são colocados num prato da balança, e o caráter do homem no outro; e pelas balanças do santuário celestial é a sorte de cada homem fixada por toda a eternidade. Vede isto, vós que tendes vivido descuidadamente, e tendes considerado levianamente o pecado. Tendes, durante anos, continuado sem o senso de vossa responsabilidade para com Deus -- anos de egoísta condescendência para com uma conduta proibida. Considerai o caráter perfeito e imutável da lei cujos reclamos tendes verbalmente vindicado. A lei exige obediência perfeita, inamovível. No segundo prato é colocado também o pecado, a orgia, o engano, os pensamentos impuros, as ações ímpias; e a preponderância ou a leveza do peso determina a felicidade ou a infelicidade dos indivíduos; e no prato da balança de muitos acha-se escrita esta inscrição: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta." TM 440 1 Considerarão aqueles a quem esta carta chegar, seus próprios casos individuais, não julgando a ninguém mais, mas pesarão seu próprio caráter à luz da lei de Deus? TM 440 2 Foi vosso caráter transformado? Têm as trevas sido trocadas pela luz, o amor ao pecado, pelo amor à pureza e à santidade? Sois convertidos, vós que vos empenhais em ensinar aos outros a verdade? Houve em vós uma mudança completa, radical? Entretecestes a Cristo em vosso caráter? Não precisais ficar na incerteza quanto a esta questão. Tem-se o Sol da Justiça levantado e brilhado em vossa alma? Se assim é, vós o sabeis; e se não sabeis se sois convertidos ou não, nunca pregueis outro sermão do púlpito até que o saibais. Como podeis guiar almas à fonte da vida da qual vós mesmos não bebestes? Sois um fingido, ou sois realmente um filho de Deus? Servis a Deus ou servis aos ídolos? Fostes transformados pelo Espírito de Deus, ou ainda estais mortos em vossas ofensas e pecados? Ser filhos de Deus significa mais do que muitos imaginam; porque não foram convertidos. O homem é pesado na balança e achado em falta quando está vivendo na prática de qualquer pecado conhecido. É um privilégio de todo o filho de Deus ser verdadeiro cristão de momento a momento; então tem ele todo o Céu arregimentado a seu lado. Tem a Cristo habitando pela fé em seu coração. TM 441 1 Uma alma unida a Cristo, comendo Sua carne e bebendo o Seu sangue, aceitando cada palavra que sai da boca de Deus e por ela vivendo, há de lutar contra toda a transgressão e toda a aproximação do pecado. Torna-se dia a dia mais vitoriosa, mais semelhante a uma clara luz. Avançará de força em força, não de fraqueza em fraqueza. TM 441 2 Ninguém engane sua própria alma nesta questão. Se abrigardes o orgulho, o amor-próprio, o desejo de supremacia, vanglória, ambição egoísta, murmuração, amargura, maledicência, mentira, engano e calúnia, não tendes Cristo em vosso coração, e as evidências demonstram que tendes a mente e o caráter de Satanás, e não o de Jesus Cristo, que era manso e humilde de coração. Deveis ter um caráter cristão que subsista. Podeis ter boas intenções, bons impulsos, podeis falar compreensivelmente a verdade, mas não estais habilitados para o reino dos Céus. Vosso caráter tem em si um material ordinário, que destrói o valor do ouro. Não alcançastes a norma. Não tendes em vós o cunho divino. Os fogos da fornalha consumir-vos-iam, porque sois ouro inútil, falso. TM 441 3 Deve haver conversões completas entre os que pretendem crer na verdade, ou eles cairão no dia da prova. O povo de Deus deve alcançar norma elevada. Devem ser uma nação santa, um povo peculiar, a geração eleita -- zelosos de boas obras. Volvei para Sião o coração TM 441 4 Cristo não morreu por vós para que tenhais as paixões, gostos e hábitos dos homens do mundo. TM 442 1 Difícil é distinguir entre os que servem a Deus e os que O não servem, pois tão pouca é a diferença do caráter entre os crentes e os incrédulos. ... Não podeis servir a Deus e a Belial. Os filhos de Deus pertencem a uma nação diferente -- o império da pureza e santidade. São a nobreza do Céu. Sobre eles está o selo de Deus. Tão evidente e perceptível é isto que a inimizade do mundo contra eles é despertada pelo contraste. Concito todo aquele que professa ser filho de Deus a nunca esquecer esta grande verdade -- que necessitamos do Espírito de Deus em nós, a fim de alcançar o Céu, e da obra de Cristo fora de nós para nos dar um título à herança imortal. TM 442 2 Os que possam ter tão predominante e sentimental amor a objetos humanos, homens ou mulheres, têm um ídolo a que adoram, dedicando-lhe as afeições do coração. Um dos convincentes característicos dos filhos de Deus é que sua conversação, suas simpatias, seu efusivo amor e afeição estão todos no Céu. Qual é o tom preponderante de vossos sentimentos, de vossos gostos, de vossas inclinações? Onde está a principal corrente de vossa simpatia, de vossas afeições, de vossa conversa, de vossos desejos? TM 442 3 Nenhum homem entra pelos portais da glória a não ser aquele que para lá dirige o coração. Então façamos a nós mesmos as perguntas: Importais-vos com as coisas terrenas? São puros os vossos pensamentos? Respirais a atmosfera do Céu? Levais convosco o miasma da poluição? Ama e adora o vosso coração uma mulher a quem não tendes o direito de amar? Onde está vosso coração? Onde está vosso tesouro? Onde está vosso deus? Tendes lavado as vestes de vosso caráter, e as tendes branqueado no sangue do Cordeiro, ou estais corrompendo as vestes do caráter com a poluição moral? Apliquem isto a si mesmos os ministros do evangelho. Tendes a bênção do conhecimento das Escrituras, mas estão vossos olhos atentos unicamente para a glória de Deus? Sois fervorosos e dedicados, servindo a Deus com pureza e na beleza da santidade? Perguntai sinceramente: Sou ou não sou eu filho de Deus? TM 443 1 "Vós sois a luz do mundo." Que impressão produziu em Dario a conduta de Daniel! Daniel levou vida pura e santa. Deus para ele ocupava o primeiro lugar. Sempre que o verdadeiro cristianismo reine no coração, revelar-se-á no caráter. Desses todos terão conhecimento de que estiveram com Jesus. Devem-se dedicar a Deus afeições não divididas. A necessidade de reforma completa TM 443 2 Necessitamos de uma reforma completa em todas as nossas igrejas. O convertedor poder de Deus deve penetrar na igreja. Buscai ao Senhor com todo o fervor, abandonai vossos pecados, e esperai em Jerusalém até que sejais revestidos do Poder do Alto. Permiti que Deus vos separe para a obra. Purificai vossa alma pela obediência à verdade. A fé sem obras é morta. Não adieis o dia do preparo. Não dormiteis no estado de falta de preparo, não tendo óleo nem em vossos vasos e nem em vossas lâmpadas. Que ninguém deixe sua segurança para a eternidade depender do acaso. Não deixeis que o assunto permaneça em perigosa incerteza. Perguntai-vos sinceramente: Estou eu entre os salvos, ou entre os que não estão salvos? Subsistirei ou não subsistirei? Somente aquele que é limpo de mãos e puro de coração subsistirá naquele dia. "Purificai-vos" TM 444 1 Apelo aos ministros que manuseiam a Palavra de Deus: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Pergunto aos que têm ouvido as verdades pronunciadas do púlpito: Quais são vossos sentimentos ao antecipar aquele grande dia? Cada um de vós tem um interesse individual, pessoal, nesse dia. Estai certos de que Deus não será escarnecido por pretensões. Já pusestes o vestido de bodas? TM 444 2 Ouvimos agora de terremotos em diversos lugares, de fogo, de tempestades, de desastres no mar e em terra, de pestilência, de fome. Que importância têm esses sinais para vós? Isso é apenas o começo do que há de vir. Por João, o revelador, é feita a descrição do dia de Deus. O clamor de miríades de pessoas aterrorizadas chegou aos ouvidos de João. "É vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" O próprio apóstolo estava cheio de respeitoso temor, e oprimido. Qual será o vosso refúgio naquele dia? TM 444 3 Se devem vir cenas como estas, tão tremendo juízo sobre o mundo culpado, onde estará o refúgio do povo de Deus? Onde estarão abrigados até que a indignação haja passado? São João vê os elementos da Natureza -- terremoto, tempestade, e lutas políticas -- representados como sendo retidos por quatro anjos. Esses ventos estão sendo controlados, até que Deus dê a ordem para serem soltos. Nisto está a segurança da igreja de Deus. Os anjos de Deus obedecem às Suas ordens, controlando os ventos da Terra, para que não soprem sobre a Terra, nem no mar, nem nas árvores, até que os servos de Deus sejam assinalados na fronte. O poderoso anjo é visto subindo do Oriente (ou nascente do Sol). O mais poderoso dos anjos tem na mão o selo do Deus vivo, ou dAquele que é o único que pode dar a vida, que pode gravar nas frontes o sinal ou inscrição, dizendo a quem será concedida a imortalidade, a vida eterna. É a voz desse mais elevado dos anjos que tem autoridade para ordenar aos quatro anjos que segurem os quatro ventos até que se realize esta obra, e até que ele ordene que os soltem. TM 445 1 Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o selo do Deus vivo. Aqueles cujas mãos não são limpas, cujo coração não é puro, não terá o selo do Deus vivo. Os que planejam pecado e o praticam, serão omitidos. Somente os que, em sua atitude diante de Deus, desempenham a parte dos que se arrependem e confessam os pecados no grande dia antitípico da expiação, serão reconhecidos e assinalados como dignos da proteção de Deus. O nome dos que firmemente aguardam, e esperam o aparecimento do Salvador e por ele velam -- mais ardorosa e ansiosamente do que os que esperam pela manhã -- será contado como dos selados. Aqueles que, embora tendo toda a luz da verdade a lhes brilhar sobre a alma, e devendo ter obras correspondentes a sua profissão de fé, ainda assim são atraídos pelo pecado, erigindo ídolos em seu coração, corrompendo sua alma diante de Deus, e contaminando aqueles que com eles se unem no pecado, terão seus nomes apagados do livro da vida, e serão deixados nas trevas da meia-noite, sem óleo nos vasos nem nas lâmpadas. "Mas para vós, que temeis o Meu nome nascerá o Sol da Justiça, e salvação trará debaixo das Suas asas." TM 445 2 Esse selamento dos servos de Deus é o mesmo que foi mostrado em visão a Ezequiel. João também fora testemunha dessa tão assustadora revelação. Viu o mar e as ondas fugindo, e o coração dos homens desmaiando de terror. Contemplou a Terra sendo movida e as montanhas a serem levadas para o meio do mar (o que literalmente está acontecendo), sua água rugindo e perturbada, e as montanhas se sacudindo com a sua estuação. Foram-lhe mostradas pragas, pestilência, fome e morte, realizando sua terrível missão. "Escapa-te por tua vida" TM 446 1 O mesmo anjo que puniu Sodoma está dando a nota de advertência: "Escapa-te por tua vida." As taças da ira de Deus não podem ser derramadas para destruir o ímpio e suas obras, enquanto todo o povo de Deus não tiver sido julgado, e não tiver sido decidido tanto o caso dos vivos como dos mortos. E mesmo depois de os santos terem sido assinalados com o selo do Deus vivo, Seus eleitos terão provas individualmente. Virão aflições pessoais, mas a fornalha é vigiada de perto por um olho que não deixará que o ouro seja consumido. Sobre eles está a marca indelével de Deus. Deus pode alegar que o Seu próprio nome ali está escrito. Deus os circunda. Seu destino está escrito: "DEUS, NOVA JERUSALÉM." São a propriedade de Deus, a Sua possessão. TM 446 2 Será este selo colocado sobre o que tem mente impura, o profano, o adúltero, o homem que cobiça a mulher do próximo? Responda vossa alma à pergunta: Corresponde meu caráter às qualificações essenciais para que eu possa receber um passaporte para as mansões que Cristo preparou para os que para elas estão habilitados? A santidade deve estar gravada em nosso caráter. TM 446 3 Tem-me Deus mostrado que justamente na ocasião em que os sinais dos tempos se estão cumprindo ao nosso redor, em que ouvimos, por assim dizer, o passo das hostes celestes cumprindo sua missão, homens inteligentes, homens que estão em posições de responsabilidade, estarão pondo vigas podres na edificação de seu caráter -- material suscetível de ser consumido no dia de Deus, e que decidirá não estarem preparados para as mansões de cima. Recusaram abandonar as vestes de imundícia; a elas se têm apegado como se tivessem precioso valor. Por causa delas perderão o Céu e uma eternidade feliz. Sede homens convertidos TM 447 1 Apelo a vós que ministrais nas coisas sagradas, para que sejais homens convertidos antes de sairdes para desempenhar qualquer parte na causa de meu Mestre. Agora é o tempo de procurardes um preparo e disposição para a terrível prova que diante de nós está -- a santidade sem a qual nenhum homem verá a Deus. Ninguém diga: Meu caminho está oculto ao Senhor; Deus não toma conhecimento dos meus caminhos. Pode ser, agora, que não seja tarde demais. Agora pode ser que vos possais arrepender. Mas mesmo que se escreva o perdão ao lado de vosso nome, sofrereis terrível perda, pois as cicatrizes que fizerdes em vossa alma permanecerão. TM 447 2 Oh, como pode alguém que tem a luz da verdade, a grande luz que lhes foi dada por Deus, desafiar-Lhe a ira e os juízos, pecando contra Ele, e fazendo justamente as coisas que Deus lhes diz em Sua Palavra que não façam? Como poderão ser tão cegados por Satanás que cheguem a desonrar a Deus em Sua face, e corrompam sua alma pecando voluntariamente? Diz o apóstolo: "Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens." Perguntarão esses pecadores -- chamá-los-ei hipócritas? -- de Sião: De que modo sou eu um espetáculo para o mundo, para os anjos e para o homem? Respondei por vós mesmos: Pelo desprezo da luz e dos privilégios e misericórdias que Deus me tem concedido, por atos lascivos que corrompem e maculam a alma. Professando conhecer a Deus, ponho-O eu fora de meus pensamentos, substituindo-O por um ídolo? Levo outros espíritos a considerarem levianamente o pecado, devido ao meu exemplo? Sou eu para o mundo um espetáculo de frouxidão moral? Sou eu para os anjos um espetáculo de ações impudicas e de profanação moral do corpo? O apóstolo nos exorta: "Rogo-vos..., irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." "Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus." A norma de Deus TM 448 1 Deus tem uma lei, e esta é a grande norma da justiça. Todo aquele que sob a presunção da misericórdia de Deus pratica a iniquidade, será julgado segundo as suas obras. Deus vos adverte para que vos aparteis de toda a iniquidade. Tem-vos ordenado que resistais individualmente ao diabo, e não que o recebais como hóspede honrado. Chegou o tempo em que Jerusalém está sendo sondada como quem sonda com velas acesas. Deus está trabalhando na investigação do caráter, pesando o valor moral e pronunciando decisões sobre casos individuais. Pode não ser tarde demais para que os que pecaram sejam zelosos e se arrependam, "porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte". Essa tristeza é de espécie enganosa. Nenhuma virtude tem em si. Não há o senso do caráter agravado do pecado, mas uma tristeza, um pesar de que o pecado tenha chegado ao conhecimento de outro, e assim não se faz nenhuma confissão, a não ser no reconhecimento das coisas assim reveladas e que não podem ser negadas. TM 448 2 Essa é a tristeza segundo o mundo, que opera a morte e acalma a consciência, enquanto o pecado ainda é acariciado, e seria continuado justamente da mesma forma se houvesse uma oportunidade e eles não pudessem ser descobertos. "Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós, que segundo Deus fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! em tudo mostrastes estar puros neste negócio." Podemos ver aqui o dever que repousa sobre a igreja quanto a lidar com aqueles cuja atitude é inteiramente contrária à luz que receberam. Tomará o povo de Deus posição ao lado da Bíblia, ou serão piores que os incrédulos, dando a essa classe argumentos para vituperar a Cristo e à verdade, por não obedecerem aos reclamos do evangelho com fé e obediência, por uma vida circunspecta e um caráter santo? TM 449 1 Os que pretendem ter a luz da verdade não têm satisfeito as condições em que se baseia o cumprimento das promessas, nem se têm tornado dignos da graça de Cristo. Exige-se que o caráter e o serviço da igreja sejam de acordo com os talentos recebidos. Sua fé e obediência devem ser iguais à medida que o fiel aproveitamento de sua luz e oportunidade lhe teria alcançado em elevação moral e espiritual. TM 449 2 Mas muitos -- não alguns, muitos -- têm perdido o seu zelo e consagração espirituais, e se têm desviado da luz que se vem constantemente tornando mais brilhante, e têm recusado andar na verdade porque o seu poder santificador sobre a alma não era o que desejavam. Poderiam ter sido renovados na santidade, e ter alcançado a elevada norma exigida pela Palavra de Deus; mas sobre eles recai uma condenação. Muitos ministros e muitas pessoas estão nas trevas. Perderam de vista o Guia, a Luz do mundo; e sua culpa é proporcional à graça e verdade reveladas ao seu entendimento, que têm sido abundantes e poderosas. Levantai a norma TM 450 1 Deus apela a Seu povo para que eleve a norma. Deve a igreja revelar seu zelo para com Deus ao lidar com aqueles que, ao passo que professam ter grande fé, têm exposto ao vitupério a Cristo. Têm posto em perigo a verdade. Têm sido sentinelas infiéis. Têm eles trazido vitupério e desonra sobre a causa de Deus. Chegou o tempo de envidar sinceros e fervorosos esforços para livrar a igreja do limo e da imundícia que lhe estão maculando a pureza. A igreja de Cristo é concitada a ser um povo santo e poderoso, um nome e um louvor em toda a Terra. Há uma fonte para Judá e Jerusalém, para se lavarem de toda a impureza e pecado. Há estonteante apostasia no povo de Deus, aqueles a quem tem sido confiadas santas e sagradas verdades. Sua fé, seu serviço, suas obras, devem ser comparados com o que poderiam ter sido se seu rumo fosse continuamente para frente e para cima, segundo a graça e a santa verdade que lhes foram dadas. TM 450 2 Nessa balança do santuário serão pesados os membros individuais da igreja cristã; e se seu caráter moral e seu estado espiritual não corresponderem aos benefícios e bênçãos que lhes foram conferidos, serão achados em falta. Se não aparecer o fruto, então Deus não é glorificado. TM 450 3 "Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." TM 450 4 O conhecimento do estado do que se desvia de Deus, parece ser-lhe oculto. Foi o castiçal removido de seu lugar? Apelo a todos aqueles que descansam despreocupadamente em seu atual estado de morte espiritual, para que despertem e se levantem dentre os mortos, e Cristo lhes dará luz. Muitos descansam tão contentes como se a nuvem de dia e a coluna de fogo à noite os estivessem abrigando e guiando. Muitos professam conhecer a Deus e no entanto O negam em suas obras. Contam-se entre o povo peculiar e escolhido de Deus, que têm uma mensagem especial e solene confiada à sua guarda para lhes santificar a vida, mensagem esta que devem dar ao mundo, no entanto é escassamente sentido ou manifestado em nosso meio o poder da verdade em obras zelosas para Deus. Quão grandes são as nossas trevas, e nós não o sabemos! A luz não diminuiu, mas nós não andamos sob seus raios. Temível engano TM 451 1 Que maior engano pode iludir o espírito humano do que aquele em que os indivíduos se gabam de terem a verdade, de estarem num único fundamento seguro, e de que Deus lhes aceita as obras porque estão ativamente empenhados em algum trabalho na causa de Deus, quando contra Ele estão pecando por andarem de maneira contrária à expressa vontade divina? Trabalham mecanicamente, como máquinas; mas lhes falta o preparo do coração, a santificação do caráter. As coisas sagradas e santas são rebaixadas ao nível das coisas comuns, e a vulgaridade, o barateamento, estão se insinuando em nossas igrejas. O serviço está degenerando em pouco mais do que uma forma. TM 451 2 A norma deve ser levantada. Deve a obra ter molde mais elevado. Deve haver um abandono dos costumes e práticas do mundo e uma separação. Deve haver uma ascensão para uma plataforma mais elevada tanto da parte dos ministros como do povo. Deve haver muito mais de Jesus e de Sua mansidão, Sua humildade, Sua modéstia, Sua abnegação, Sua pureza, Sua verdadeira bondade e nobreza de caráter, trazidos para a experiência e para o caráter de todos aqueles que alegam estar desempenhando qualquer parte na sagrada obra de Deus. TM 452 1 Seja a Palavra de Deus o guia e a regra da vida. Que a Palavra, que expressa Suas ordens reveladas, seja obedecida. Deus ordena a cada um que empregue todas as suas faculdades como ser responsável, para fazer Sua vontade claramente especificada. Se o fizerdes, revelá-lo-eis. Lutar com os defeitos de caráter que vos são inerentes, e que combatem vosso avanço espiritual, é prova de que estais desempenhando vossa parte da obra. TM 452 2 Que ninguém diga ter em si um estado sentimental, umas amizades indébitas de amor ilegal, com que não possa romper. É um engano. Se alimentardes o mal, fortalecê-lo-eis. Vós o amais muito mais do que a verdade, a pureza e a justiça. Não vos apropriais do auxílio divino, fugindo das associações prejudiciais e perigosas. Frouxamente vos entregais à operação de um mau caminho, como se não fôsseis um livre agente moral. Estudai a Palavra de Deus com oração, atendei-Lhe as ordens com firmeza e resolução como José e Daniel. Apegai-vos ao auxílio que Deus vos promete. Deveis escolher TM 452 3 Compelir-vos-á Deus à obediência, compelirá a vossa vontade? -- Nunca. O Senhor vos tem dotado de capacidades, de inteligência, de razão. Enviou do Céu o Seu Filho unigênito a fim de abrir o caminho para vós, e para colocar a imortalidade ao vosso alcance. Como explicareis a Deus a vossa fraqueza, vossa desobediência, vossa impureza, vossos maus pensamentos e vossas más obras? TM 453 1 Deus determinou meios, para que, se nós os usarmos diligentemente e com oração, nenhuma nau sofra naufrágio, mas subsista à tempestade e à tormenta, e ancore num Céu de bem-aventuranças afinal. Mas se nós desprezarmos e negligenciarmos esses decretos e privilégios, Deus não operará um milagre para salvar a qualquer um de nós, e estaremos perdidos como Judas e Satanás. TM 453 2 Não penseis que Deus operará um milagre para salvar aquelas almas fracas que acariciam o mal, que praticam o pecado; ou que será trazido para sua vida algum elemento sobrenatural que os eleve do eu para uma esfera mais elevada, onde será comparativamente fácil trabalhar sem qualquer esforço especial, qualquer luta especial, sem qualquer crucifixão do eu, pois todos os que se demoram no terreno de Satanás para que isto se faça, perecerão com os malfeitores. Serão repentinamente destruídos. E isso irremediavelmente. A santidade agora TM 453 3 Se Deus fez provisão para que o homem tenha a vida eterna, tem Ele meios para atender a exigência de que o homem pratique a santidade nesta vida. Todos os que quiserem evidenciar que lançaram mão da vida futura, darão demonstrações práticas em sua vida, em seu caráter, de que vivem aqui em novidade de vida, em pureza e santidade, seguindo o que foi revelado. TM 453 4 O caminho para o Céu foi aberto a um preço infinito para o Pai e o Filho. Andamos individualmente nesse caminho, concordando com as condições? Estais no caminho? Seguis o Guia, a Luz da vida? Escolhido para quê? TM 453 5 Há uma eleição de indivíduos e de um povo, a única eleição encontrada na Palavra de Deus, em que um homem é escolhido para a salvação. Muitos têm olhado para o fim, pensando terem sido certamente eleitos para a glória celestial; mas não é esta a eleição que a Bíblia revela. O homem é escolhido para operar a sua salvação com temor e tremor. É escolhido para envergar a armadura, para pelejar a boa peleja da fé. É escolhido para usar os meios que Deus colocou ao seu alcance para lutar contra todo o desejo profano, enquanto Satanás executa o jogo da vida pela sua alma. É escolhido para vigiar em oração, para examinar as Escrituras, e evitar entrar em tentação. É eleito para ter fé continuamente, é eleito para ser obediente a cada palavra que procede da boca de Deus, para que não seja apenas ouvinte, mas praticante da Palavra. Essa é a eleição bíblica. TM 454 1 Visto ter sido dada grande luz, visto terem os homens, como os príncipes de Israel, subido ao monte, e terem tido o privilégio de ter comunhão com Deus, sendo-lhes permitido habitar na luz de Sua glória -- pensarem esses que assim foram favorecidos que depois podem pecar, e corromper seus caminhos diante de Deus, e ainda continuar como se estivessem fazendo a vontade de Deus, como se Este não anotasse os pecados contra eles porque assim haviam sido honrados por Deus, é um engano fatal. A grande luz e privilégios concedidos requerem juros de virtude e santidade correspondentes à luz que lhes foi dada. Nada menos que isto será aceito por Deus. TM 454 2 Mas essas grandes manifestações dadas por Deus nunca nos devem levar a adormecer a ponto de termos uma falsa segurança ou de sermos descuidados. Nunca devem consentir na licenciosidade, ou fazer com que os que as recebem sintam que Deus não os censurará, por pensarem que ele depende da habilidade e do conhecimento deles para desempenhar uma parte na grande obra. Todas essas vantagens dadas por Deus, são meios Seus para ativar o ardor no espírito, zelo no esforço e rigor no desempenho de Sua santa vontade. TM 454 3 Vós, meus irmãos, cruzais os braços e vos deixais levar pela corrente para as más práticas, e então esperais que Deus opere um milagre para vos mudar o caráter e compelir-vos a ser homens puros e santos. Vós vos expondes desenfreadamente à tentação, esperando que Deus vos force a mente e as inclinações para que não vos corrompais? Levais a víbora ao peito, esperando que Deus a encante de tal modo que não vos envenene com a sua peçonhenta picada? Bebereis o veneno esperando que Deus proveja um antídoto? Sede homens de Deus TM 455 1 Embora, sob a direção de Deus, devamos usar os meios da salvação de nossa própria alma, não devemos depender apenas do que possamos fazer, pensando que isto será capaz de nos salvar. Embora devamos trabalhar com o coração e a alma e as forças, devemos fazer tudo isto em Jesus e por Ele. Mas a verdade como é em Jesus deve ser introduzida no coração e na vida, no lar e na igreja. Deus usará os condutos que escolheu para que por eles flua a Sua graça. TM 455 2 Oh, se meus irmãos fossem homens segundo Deus avalia os homens, e assumissem seu lugar na grande trama da humanidade, reconhecendo que são uma parte do grande todo de Deus na criação e na redenção! Somente sede homens, e então fareis decidido avanço em ser cristãos. TM 455 3 Os meios estão providos, e ninguém terá qualquer desculpa para o pecado. Se deixardes de vencer, há razões para isto. Não quereis obedecer à vontade revelada de Deus; não quereis orar; não vos quereis esforçar; não quereis combater os maus hábitos e os pensamentos não santificados. Sereis mais fortes do que Deus? Podeis então, ousareis então contender com o Eterno? Se não sois invulneráveis aos juízos de Deus, se não sois invulneráveis à Sua vingança, então não mais prossigais em vossos próprios maus caminhos. Levantai-vos e fazei uma trincheira contra Satanás. Fazei alguma coisa, e fazei-o agora. Arrependei-vos agora. Confessai, perdoai. Um dia de fogo e de tempestade está prestes a irromper sobre o nosso mundo. Conformai vossa vida aos simples princípios da Palavra de Deus. Buscai o auxílio do Espírito de Deus pela oração, pela vigilância e saireis mais do que vencedores por Aquele que nos amou. Ler 1 João 4:10. Tudo é do Senhor TM 456 1 A própria carne em que a alma faz seu tabernáculo, e pela qual opera, é do Senhor. Não temos direito para negligenciar qualquer parte do maquinismo vivo. Cada porção do organismo vivo é do Senhor. O conhecimento de nosso organismo físico deve ensinar-nos que todo o membro precisa fazer o serviço de Deus, como instrumento de justiça. TM 456 2 Ninguém, a não ser Deus, pode subjugar o orgulho do coração humano. Não nos podemos salvar a nós mesmos. Não nos podemos regenerar. Nas cortes celestiais não se entoará o cântico: A mim que me amei a mim mesmo, e me lavei a mim mesmo, e me redimi, a mim seja glória e honra, a bênção e o louvor. Mas essa é a nota predominante do cântico entoado por muitos aqui neste mundo. Não sabem o que significa ser manso e humilde de coração; e não o querem saber, se o puderem evitar. Todo o evangelho se resume em aprender de Cristo, Sua mansidão e humildade. TM 456 3 O que é justificação pela fé? -- É a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele por si mesmo não pode fazer. -- Special Testimonies to Ministers and Workers 9:61, 62 (1897). ------------------------Capítulo 17 -- Apelo e advertência A necessidade do mundo TM 457 1 Neste século de alardeada iluminação, defronta-se a igreja cristã com o mundo que jaz nas trevas da meia-noite, quase completamente entregue à idolatria. Um desrespeito quase que universal da lei de Jeová está tornando o mundo, rapidamente, como as cidades de Sodoma e Gomorra. Como nos dias anteriores ao dilúvio, a violência enche a Terra. O jogo e o furto estão se tornando males comuns. Aumenta o uso de bebidas alcoólicas. Muitos dos que têm seguido sua própria vontade não santificada, procuram pôr fim a sua vida inútil pelo suicídio. Nos lugares de mais elevada posição da Terra, encontram-se a iniqüidade e o crime de toda a espécie, e os que aprovam esses erros procuram pôr os culpados a salvo do castigo. Nem uma centésima parte da corrupção que existe se torna manifesta ao mundo. Pouco da crueldade que está sendo perpetuada se conhece. A impiedade do homem quase alcançou os seus limites. TM 457 2 De muitas maneiras revela Satanás que ele governa o mundo. Está influenciando o coração dos homens, e lhes está corrompendo o espírito. Homens que estão em elevadas posições dão evidências de que seus pensamentos são maus continuamente. Muitos estão correndo atrás das riquezas, e nenhum escrúpulo têm de aumentar sua fortuna por meio de transações fraudulentas. O Senhor permite que esses homens descubram uns aos outros seus maus atos. Algumas de suas práticas iníquas estão sendo reveladas diante do mundo, para que os homens pensantes que ainda nutrem no coração o desejo de ser honestos e justos para com os seus semelhantes, possam compreender porque Deus está começando a enviar seus juízos sobre a Terra. Certamente o Senhor punirá o mundo por sua iniqüidade; "a Terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais aqueles que foram mortos". ... TM 458 1 Compassivamente está o Senhor procurando iluminar o entendimento dos que agora andam às apalpadelas nas trevas do erro. Está retardando os Seus juízos sobre um mundo impenitente para que os Seus portadores de luz possam buscar e salvar o perdido. Apela Ele à Sua igreja na Terra para que desperte da letargia que Satanás sobre ela tem procurado lançar, e cumpra a obra de iluminação do mundo que lhe foi designada pelo Céu. A mensagem a Sua igreja, neste tempo, é: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Para atender às condições existentes no tempo em que as trevas cobrem a Terra, e densa escuridão os povos, tem recebido a igreja de Deus a comissão de com Ele cooperar espalhando por toda a parte a luz da verdade bíblica. Aos que procuram desempenhar fielmente sua parte como portadores da preciosa luz, é dada a certeza: "Sobre ti o Senhor virá surgindo, e a Sua glória se verá sobre ti. E as nações caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu." TM 458 2 O mundo hoje está em clamorosa necessidade de uma revelação de Cristo Jesus na pessoa de Seus santos. Deus deseja que Seu povo esteja diante do mundo como um povo santo. Por quê? -- Porque há um mundo que deve ser salvo pela luz da verdade evangélica; e enquanto a mensagem da verdade que deve chamar os homens das trevas para a maravilhosa luz de Deus, é dada pela igreja, deve a vida de seus membros, santificada pelo espírito de verdade, dar testemunho da veracidade das mensagens proclamadas. TM 458 3 Deus deseja que Seu povo se coloque na relação correta para com Ele, para que possam compreender o que deles requer acima de qualquer outra coisa. Devem revelar a toda a alma que luta no mundo, o que significa praticar a justiça, amar a beneficência, e andar humildemente com o seu Deus. Onde quer que estejam, na sua terra natal ou em terras distantes, devem ser eles o povo que guarda os mandamentos. Devem ter a certeza de que seus pecados estão perdoados e de que são aceitos como filhos do Altíssimo. ... A garantia do êxito TM 459 1 O mundo necessita da mensagem salvadora que Deus confiou ao Seu povo. O mundo perecerá a menos que lhe seja dado o conhecimento de Deus pelos agentes que Ele escolheu. No poder do Espírito Santo devem os que são colaboradores de Deus trabalhar com persistente zelo, e disseminar pelo mundo a luz da preciosa verdade. Ao entrarem nos caminhos e valados, ao trabalharem nos lugares desolados da Terra, tanto na terra natal como nas regiões distantes, verão a salvação de Deus ser revelada de maneira notável. TM 459 2 Devem os fiéis mensageiros de Deus procurar levar avante a obra do Senhor na maneira em que Ele determinou. Devem pôr-se em íntima ligação com o grande Mestre para poderem ser diariamente ensinados por Deus. Devem lutar com Deus em fervorosa oração pelo batismo do Espírito Santo, para que possam atender às necessidades de um mundo que perece no pecado. Todo poder é prometido aos que saem com fé para proclamar o evangelho eterno. Ao darem os servos de Deus ao mundo uma mensagem viva, que vem pura do trono de Deus, brilhará a luz da verdade como uma lâmpada acesa, alcançando todas as partes do mundo. Assim serão as trevas do erro e da descrença expulsas da mente dos honestos de coração de todas as terras, que agora buscam a Deus, "se porventura, tateando, O pudessem achar". O perigo de adotar métodos mundanos na obra de Deus TM 460 1 No dia 3 de Novembro de 1890, enquanto me achava a serviço em Salamanca, Nova Iorque, estando à noite em comunhão com Deus, fui arrebatada e levada fora de mim mesma, a assembléias em vários Estados, onde dei decidido testemunho de reprovação e advertência. Em Battle Creek reunia-se um concílio de ministros e de homens de responsabilidade da Casa Publicadora e de outras instituições, e ouvi os que estavam reunidos, num espírito não muito gentil dar largas a sentimentos e insistir na adoção de medidas que me encheram de apreensão e angústia. TM 460 2 Anos antes tivera eu de passar por idêntica experiência, e o Senhor então me revelou muitas coisas de vital importância, e me deu advertências que devem ser dadas aos que correm perigo. Na noite de 3 de Novembro, foram-me essas advertências trazidas à mente e recebi a ordem de apresentá-las aos que estavam em posições responsáveis de confiança, e que não faltasse e nem desanimasse. Foram-me reveladas algumas coisas que eu não podia compreender; mas me foi dada a certeza de que o Senhor não permitiria que Seu povo fosse envolto nas névoas do ceticismo e da infidelidade mundanos, ligado em feixes com o mundo; mas se eles tão-somente Lhe ouvissem e atendessem a voz, prestando obediência aos Seus mandamentos, Ele os guiaria acima das névoas do ceticismo e incredulidade, colocando-lhes os pés sobre a Rocha, onde poderiam respirar a atmosfera de segurança e triunfo. TM 461 1 Enquanto estava em fervorosa oração, perdi de vista tudo que estava ao meu redor; o aposento encheu-se de luz, e eu estava dando uma mensagem a uma assembléia que parecia ser a Associação Geral. Fui movida pelo Espírito de Deus a fazer mui fervoroso apelo; pois fui impressionada com o fato de que havia grande perigo diante de nós no coração da obra. Eu estivera e ainda estava prostrada com aflição de alma e do corpo, preocupada com o pensamento de que devia dar uma mensagem ao povo de Battle Creek para adverti-lo contra uma linha de conduta que separaria a Deus da Casa Publicadora. Repreensão à igreja TM 461 2 Os olhos do Senhor se dirigiam para o povo com um misto de tristeza e desprazer, e eram pronunciadas as palavras: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." TM 461 3 Aquele que chorou sobre o impenitente Israel, notando sua ignorância quanto a Deus e a Cristo seu Redentor, contemplou o coração da obra em Battle Creek. Grande perigo cercava o povo, mas alguns não o sabiam. A incredulidade e a impenitência cegavam-lhes os olhos, e confiaram à sabedoria humana a direção dos mais importantes interesses da causa de Deus relativos à obra de publicação. Na fraqueza do juízo humano, reuniam os homens em suas mãos finitas as rédeas do controle, ao passo que a vontade de Deus, o caminho e o conselho de Deus, não eram procurados como sendo indispensáveis. Homens de vontade obstinada e férrea, tanto no escritório como fora dele, confederavam-se, determinados a forçar a aceitação de certas medidas de acordo com seu próprio juízo. A necessidade do discernimento espiritual TM 462 1 Disse-lhes eu: "Não podeis fazer isso. O domínio desses grandes interesses não pode ser colocado inteiramente nas mãos daqueles que manifestam pouca experiência terem nas coisas de Deus, e não terem discernimento espiritual. Não deve o povo de Deus, em todas as nossas fileiras, devido ao desgoverno da parte de homens sujeitos ao erro, ter sua confiança abalada nos importantes interesses do grande coração da obra, que exerce decidida influência sobre nossas igrejas, tanto nos Estados Unidos como nas terras estrangeiras. Se lançardes mão da obra de publicação, esse grande instrumento de Deus, visando colocar sobre ela vosso cunho e inscrição, verificareis que isto será perigoso para vossa própria alma, e desastroso para a obra de Deus. Será tão grande pecado à vista de Deus como foi o pecado de Uzá quando estendeu a mão para apoiar a arca. Hás os que têm entrado no trabalho de outros homens, e tudo que Deus deles requer é que tratem com justiça, que amem a beneficência e andem humildemente diante de Deus, que trabalhem conscienciosamente como homens empregados pelo povo para executar a obra que lhes foi confiada. Alguns têm deixado de fazer isto, como suas obras testificam. Seja qual for a sua posição, qualquer que seja a sua responsabilidade, mesmo que tenham tanta autoridade como Acabe, verificarão que Deus está acima deles, que Sua soberania é suprema. TM 462 2 Nenhuma confederação deve ser formada com os descrentes, nem deveis reunir certo número de pessoas escolhidas que pensam como vós, e que dirão amém a tudo que propuserdes, enquanto são excluídos outros, que vós julgais não concordarem convosco. Foi-me mostrado haver grande perigo em fazer isso. TM 463 1 "Porque assim o Senhor me disse com uma forte mão, e me ensinou que não andasse pelo caminho deste povo, dizendo: Não chameis conjuração, a tudo quanto este povo chama conjuração; e não temais o seu temor, nem tão pouco vos assombreis. Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso assombro. ... À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." O mundo não deve ser critério para nós. Deixai que o Senhor opere. Ouça-se a voz do Senhor. Não haja aliança com os incrédulos TM 463 2 Os que estão empregados em qualquer departamento da obra pelo qual o mundo possa ser transformado, não devem fazer aliança com os que não conhecem a verdade. O mundo não conhece nem o Pai nem o Filho, e nenhum discernimento têm quanto ao caráter de nossa obra, quanto ao que devemos ou não devemos fazer. Devemos obedecer às ordens que vêm do alto. Não devemos ouvir os conselhos dados nem seguir os planos sugeridos pelos incrédulos. As sugestões feitas pelos que não sabem a obra que Deus está fazendo para este tempo, são de molde a enfraquecer o poder dos instrumentos de Deus. Aceitando tais sugestões, será desfeito o conselho de Cristo. ... TM 463 3 Os olhos do Senhor estão sobre todo o trabalho, todos os planos, toda a imaginação de cada mente; Ele vê o que está debaixo da superfície das coisas, discernindo os pensamentos e intenções do coração. Não há um ato escuro, não há um plano, uma imaginação do coração, um pensamento da mente que Ele não leia como um livro aberto. Todo ato, toda palavra, todo motivo, é fielmente registrado nos relatórios pelo grande Perscrutador do coração, que disse: "Eu sei as tuas obras." TM 464 1 Foi-me mostrado que as loucuras de Israel nos dias de Samuel se repetirão hoje entre o povo de Deus, a não ser que haja maior humildade, menos confiança no eu, e maior confiança no Senhor Deus de Israel, o Governador do povo. Somente quando o poder divino é combinado com o esforço humano é que a obra suportará a prova. Quando o homem não mais se apoiar no homem ou em seu próprio juízo, mas fizer de Deus a sua confiança, manifestar-se-á ele em cada caso pela humildade de espírito, por falar menos e orar muito mais, e por manter cautela em seus planos e movimentos. Tais homens revelarão o fato de que confiam em Deus, de que têm a mente de Cristo. Confiar nos homens TM 464 2 Repetidas vezes tem-me sido mostrado que o povo de Deus, nestes últimos dias não se podia salvar confiando no homem e fazendo da carne o seu braço. A poderosa talhadeira da verdade, tem-nos arrancado do mundo como pedras rústicas que devem ser desbastadas, esquadrejadas e polidas para o edifício celestial. Devem ser lavradas pelos profetas com reprovações, advertências, admoestações e conselhos, para que possam ser ajustadas segundo o Modelo divino. Esta é a obra específica do Confortador, transformar o coração e o caráter para que o homem possa andar no caminho do Senhor. ... TM 464 3 Desde 1845 que de tempos em tempos me são revelados os perigos do povo de Deus, e me têm sido mostrados os perigos que se adensariam ao redor dos remanescentes nos últimos dias. Tais perigos me têm sido revelados até ao tempo presente. Grandes cenas logo se desenrolarão diante de nós. O Senhor virá com poder e grande glória e Satanás sabe que sua autoridade usurpada logo estará para sempre terminada. Sua última oportunidade de alcançar o domínio do mundo está agora diante dele, e ele envidará os mais decididos esforços para realizar a destruição dos habitantes da Terra. Os que crêem na verdade devem ser quais fiéis sentinelas na torre de vigia, ou Satanás lhes sugerirá raciocínios especiosos, e eles enunciarão opiniões que trairão sagrados e santos depósitos. A inimizade de Satanás contra o bem manifestar-se-á cada vez mais, ao conduzir ele em atividade suas forças em sua última obra de rebelião; e toda alma que não esteja inteiramente entregue a Deus e não seja guardada pelo poder divino, fará uma aliança com Satanás contra o Céu e se unirá na batalha contra o Governador do Universo. TM 465 1 Numa visão dada em 1880, perguntei: "Onde está a segurança do povo de Deus nesses dias de perigo?" A resposta foi: "Jesus intercede por Seu povo, embora Satanás esteja à Sua mão direita para Lhe resistir." "Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende; ó Satanás, sim, o Senhor que escolheu Jerusalém, te repreende: Não é este um tição tirado do fogo?" Como Intercessor e Advogado do homem, guiará Jesus a todos os que desejam ser guiados, dizendo: Segui-Me para cima, passo a passo, onde brilha a clara luz do Sol da Justiça. TM 465 2 Mas nem todos seguem a luz. Alguns se estão desviando do caminho seguro, que a cada passo é o caminho da humildade. Deus confiou aos Seus servos uma mensagem para este tempo; mas esta mensagem não coincide em cada particular com as idéias de todos os dirigentes e alguns criticam a mensagem e os mensageiros. Até ousam rejeitar as palavras de reprovação que lhes são enviadas por Deus por meio de Seu Santo Espírito. TM 465 3 Que reserva de poder dispõe o Senhor com que alcançar aqueles que desprezaram Suas advertências e reprovações, e consideraram os testemunhos do Espírito de Deus como de origem não mais alta que a sabedoria humana? No juízo, que podeis vós, que isto fazeis, apresentar a Deus como desculpa por vos terdes desviado das evidências que Ele vos tem dado de que Deus estava na obra? "Pelos seus frutos os conhecereis." Não repetirei agora diante de vós as evidências dadas nos últimos dois anos do trato de Deus por meio de Seus servos escolhidos. Mas a evidência atual de Sua operação vos é revelada, e agora estais sob a obrigação de crer. Não podeis negligenciar as mensagens de advertência de Deus, não podeis rejeitá-las nem tratá-las levianamente a não ser com perigo de perda infinita. Aviltando a alma TM 466 1 A cavilação, o ridículo e a má representação só podem ser contemporizadas à custa do aviltamento de vossa própria alma. O uso de tais armas não vos proporciona preciosas vitórias, antes avilta a mente e de Deus separa a alma. Coisas sagradas são rebaixadas ao nível do comum, e se cria um estado de coisas que agrada ao príncipe das trevas, e afugenta o Espírito de Deus. A cavilação e a crítica deixam a alma tão destituída do orvalho da graça como destituídas estavam de chuva as colinas de Gilboa. Não se pode depositar confiança no julgamento daqueles que condescendem com o ridículo e o embuste. Não se podem considerar de peso seus conselhos ou resoluções. Deveis apresentar as credenciais divinas antes de poderdes fazer decididos movimentos para dar forma à obra da causa de Deus. TM 466 2 Acusar e criticar aqueles que Deus está usando, é acusar e criticar ao Senhor, que os enviou. Para que possam ter um correto discernimento das coisas religiosas, necessitam todos cultivar suas faculdades religiosas. Alguns têm fracassado ao distinguir entre o ouro puro e o mero brilho, entre a substância e a sombra. TM 467 1 Os preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis de modo algum estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram desarraigadas, e elas ainda dão o seu fruto profano para envenenar o juízo, perverter a percepção, e cegar o entendimento daqueles com quem vos relacionais, com relação à mensagem e aos mensageiros. Quando, pela confissão completa, destruirdes as raízes da amargura, vereis a luz à luz de Deus. Sem esse trabalho completo, nunca purificareis vossa alma. Precisais estudar a Palavra de Deus com um propósito: Não de confirmar as vossas próprias idéias, mas o de fazer com que sejam podadas, sejam condenadas ou aprovadas, conforme estão ou não estão em harmonia com a Palavra de Deus. Deve a Bíblia ser o nosso companheiro constante. Deveis estudar os testemunhos, não para escolher certas sentenças para usá-las como julgais conveniente, para fortalecer as vossas asserções, enquanto desrespeitais as mais claras declarações dadas para corrigir os vossos procedimentos. A verdadeira religião é desprezada TM 467 2 Há entre nós um afastamento de Deus, e ainda não se fez a zelosa obra do arrependimento e volta ao primeiro amor essencial à restituição a Deus e à regeneração do coração. A infidelidade está fazendo suas incursões em nossas fileiras; pois é moda apartar-se de Cristo e dar lugar ao ceticismo. Para muitos, o clamor do coração tem sido: "Não queremos que Este reine sobre nós." Baal, Baal, é a escolha. A religião de muitos dentre nós será a religião do Israel apostatado, porque amam a seus próprios caminhos, e abandonam o caminho do Senhor. A verdadeira religião, a única religião da Bíblia, que ensina o perdão somente pelos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto, que advoga a justiça pela fé no Filho de Deus, tem sido desprezada, contra ela se tem falado, tem sido ridicularizada e rejeitada. É denunciada como levando ao entusiasmo e ao fanatismo. Mas é a vida de Jesus Cristo na alma, é o ativo princípio do amor comunicado pelo Espírito Santo, que, unicamente, podem tornar a alma frutífera para as boas obras. É o amor de Cristo a força e o poder de cada mensagem em prol de Deus que jamais saiu de lábios humanos. Que espécie de futuro estará à nossa frente, se deixarmos de chegar à unidade da fé? TM 468 1 Quando formos unidos por aquela união pela qual Cristo orou, findará aquela longa controvérsia que tem sido mantida pelos agentes satânicos, e não veremos homens forjando planos segundo a ordem do mundo por não terem visão espiritual para discernir as coisas espirituais. Agora vêem homens andando, como árvores, e necessitam do toque divino para que possam ver como Deus vê, e trabalhar como Cristo trabalhou. Então unidos ecoarão os atalaias de Sião as trombetas em notas mais claras e mais altas, pois verão vir a espada e reconhecerão o perigo em que está o povo de Deus. TM 468 2 Precisais fazer veredas retas para os vossos pés, para que o coxo não se desvie do seu caminho. Somos rodeados pelos aleijados e pelos que manquejam na fé, e vós deveis ajudá-los, não coxeando vós mesmos, mas ficando de pé, como homens que foram experimentados e provados, firmes ao princípio como a rocha. Sei que se deve fazer uma obra em favor do povo, ou muitos não estarão preparados para receber a luz do anjo que foi enviado do Céu para iluminar toda a Terra com a sua glória. Não penseis que sereis encontrados como vasos de honra no tempo da chuva serôdia, para receber a glória de Deus, se entregardes vossa alma à vaidade, falando coisas perversas e alimentando em segredo as raízes da amargura. Certamente que o desagrado de Deus, recairá sobre toda a alma que acaricia e nutre essas raízes de dissensão e possui um espírito tão diferente do espírito de Cristo. TM 469 1 Ao repousar sobre mim o Espírito do Senhor, pareceu-me estar presente em um de nossos concílios. Alguém dentre vós se levantou; suas maneiras eram bem decididas e ardorosas ao levantar um jornal diante de vós. Pude ler claramente o cabeçalho do jornal; era o American Centinel. Criticava-se o jornal e o caráter dos artigos ali publicados. Os que estavam no concílio apontaram para certas passagens, dizendo: Isso deve ser cortado e aquilo deve ser mudado. Palavras duras eram pronunciadas, criticando os métodos do jornal, e prevalecia um forte espírito dessemelhante de Cristo. As vozes eram decididas e desafiadoras. TM 469 2 Meu Guia me deu palavras de advertência e de reprovação àqueles que participavam desse procedimento, que não eram cuidadosos em pronunciar suas acusações e condenação. Em suma essa foi a repreensão dada: O Senhor não presidiu a este concílio, e há o espírito de contenda entre os conselheiros. A mente e o coração desses homens não estão sob a influência controladora do Espírito de Deus. Sejam os adversários de nossa fé, aqueles que sugiram e desenvolvam planos como os que estais agora discutindo. Do ponto de vista do mundo, alguns desses planos não são objetáveis; mas não devem ser adotados por aqueles que têm a luz do Céu. A luz que Deus deu, deve ser respeitada, não somente para a nossa própria segurança, mas também para a segurança da igreja de Deus. Os passos que agora são dados por uns poucos não devem ser seguidos pelo povo remanescente de Deus. Vosso procedimento não pode ser apoiado pelo Senhor. Torna-se evidente, por vosso procedimento, que estabelecestes vossos planos sem o auxílio dAquele que é poderoso em conselho; mas o Senhor operará. Os que criticaram a obra de Deus, precisam de que seus olhos sejam ungidos, pois se sentiram poderosos em sua própria força. Mas há Um que pode atar o braço do poderoso e anular o conselho do prudente. Dai a mensagem de Deus TM 470 1 A mensagem que temos de dar, não é uma mensagem que os homens precisem acovardar-se de transmitir. Não precisam encobri-la, não precisam ocultar-lhe a origem e o propósito. Seus advogados devem ser homens que não se calem nem de dia nem de noite. Tendo feito solenes votos a Deus, e tendo sido comissionados como mensageiros de Cristo, como mordomos dos mistérios da graça de Deus, estamos na obrigação de declarar fielmente todo o conselho de Deus. Não devemos tornar menos preeminentes as verdades especiais que nos têm separado do mundo, e nos têm tornado o que somos; pois estão cheias de interesses eternos. Deus nos deu luz com relação às coisas que agora estão ocorrendo no derradeiro remanescente do tempo, e com a pena e com a voz, devemos proclamar a verdade ao mundo, não de maneira tímida, destituída de espírito, mas na demonstração do Espírito e do poder de Deus. Os mais vigorosos conflitos estão envolvidos na proclamação da mensagem, e os resultados de sua promulgação, são importantes tanto para o Céu como para a Terra. TM 470 2 Logo terminará o conflito entre os dois grandes poderes, o do bem e o do mal; mas até o tempo de seu fim, haverá contínua e aguda contenda. Como Daniel e os seus companheiros em Babilônia, devemos agora fazer o propósito de ser fiéis ao princípio, venha o que vier. A incandescente fornalha ardente aquecida sete vezes mais do que era necessário, não fez com que esses fiéis servos de Deus se afastassem de sua obediência à verdade. Permaneceram firmes no tempo da prova, e foram lançados na fornalha; mas não foram esquecidos por Deus. A figura do Quarto personagem foi vista andando com eles nas chamas, e saíram não tendo sequer cheiro de fogo nas vestes. ... TM 471 1 O mundo hoje está cheio de bajuladores e dissimuladores, mas Deus proíbe que os que pretendem ser guardiães de sagrados depósitos traiam os interesses da causa de Deus, insinuando sugestões e expedientes do inimigo de toda a justiça. TM 471 2 Não há tempo agora para nos arregimentarmos ao lado dos transgressores da lei de Deus, para vermos com seus olhos, ouvirmos com seus ouvidos, para compreendermos com seus sentidos pervertidos. Devemos todos apressar-nos. Devemos trabalhar para tornar-nos uma unidade, para termos uma vida santa e um caráter puro. Não mais se curvem os que professam ser servos do Deus vivo ante o ídolo das opiniões humanas, não mais sejam escravos de qualquer vergonhosa concupiscência, não mais tragam ao Senhor oferta poluída, uma alma maculada pelo pecado. TM 471 3 Como alunos diligentes, lede a Palavra, sede obradores da Palavra, e o Espírito Santo estará bem perto de todo o obreiro, e o amor de Deus se acenderá na alma daquele que está ministrando, ao fazer justamente a obra que o Senhor ordenou que se fizesse nas atividades missionárias. -- Special Testimonies to Ministers and Workers 11:31 (1898). As ciladas de Satanás TM 472 1 Ao se aproximar o povo de Deus dos perigos dos últimos dias, faz Satanás ardorosa consulta com seus anjos quanto ao plano de maior êxito no sentido de lhes transtornar a fé. Vê que as igrejas populares já estão sendo embaladas para dormir, pelo seu poder enganador. Por meio de agradáveis sofismas e mentirosas maravilhas, pode ele continuar a conservá-los sob o seu domínio. Dirige portanto seus anjos para que lancem suas ciladas especialmente para os que aguardam o segundo advento de Cristo e se estão esforçando por observar todos os mandamentos de Deus. TM 472 2 Diz o grande enganador: "Devemos vigiar aqueles que estão chamando a atenção do povo para o sábado de Jeová; eles levarão muitos a ver as exigências da lei de Deus; e a mesma luz que revela o verdadeiro sábado, revela também o ministério de Cristo no santuário celestial, e revela que a última obra para a salvação do homem está agora indo avante. Conservai nas trevas a mente do povo até que esta obra termine, e teremos conseguido o mundo e a igreja também. TM 472 3 "O sábado é a grande questão que deve decidir o destino de almas. Devemos exaltar o sábado criado por nós. Temos feito com que ele seja aceito tanto pelos mundanos como pelos membros da igreja. Deve agora a igreja ser levada a unir-se com o mundo em sua defesa. Devemos trabalhar por meio de sinais e maravilhas para lhes cegar os olhos quanto à verdade, e levá-los a pôr de lado a razão e o temor de Deus e a seguir os costumes e tradições. TM 472 4 "Influenciarei os ministros populares a desviar dos mandamentos de Deus a atenção dos ouvintes. Aquilo que as Escrituras declaram ser uma perfeita lei de liberdade, será representado como um jugo de servidão. O povo aceita as explanações das Escrituras de seus ministros, e não investiga por si mesmo. Portanto, operando por meio de seus ministros, posso dominar o povo de acordo com a minha vontade. TM 473 1 "Mas nossa principal preocupação é silenciar esta seita de observadores do sábado. Devemos excitar contra eles a indignação popular. Alistaremos ao nosso lado grandes homens e homens sábios segundo o mundo, e induziremos aos que estão em autoridade a executar os nossos propósitos. Então o sábado que eu estabeleci será forçado pelas leis mais severas e obrigatórias. Os que as desrespeitarem, serão tocados das cidades e vilas e levados a passar fome e privação. Uma vez que tenhamos o poder, mostraremos o que podemos fazer com os que não se desviam de sua fidelidade a Deus. Levamos a igreja romana a infligir prisão, tortura e a morte àqueles que recusavam seguir aos seus decretos; e agora que estamos pondo as igrejas protestantes e o mundo em harmonia com esse braço direito de nossa força, finalmente termos uma lei para exterminar a todos os que não se submeterem à nossa autoridade. Quando se fizer da morte a penalidade da violação do nosso sábado, então muitos dos que agora estão nas fileiras dos observadores dos mandamentos, passarão para o nosso lado. TM 473 2 "Mas antes de adotarmos estas medidas extremas, devemos exercer toda a nossa sabedoria e sutileza para enganar os que honram o verdadeiro sábado e engodá-los. Podemos separar muitos de Cristo, pela mundanidade, luxúria e orgulho. Podem julgar-se salvos porque crêem na verdade, mas a condescendência com o apetite, as paixões mais baixas que confundirão o juízo e destruirão o discernimento, causar-lhes-ão a queda. TM 473 3 "Ide, fazei com que os donos de terras e de dinheiro se embriaguem com os cuidados desta vida. Apresentai o mundo diante deles em sua mais atraente luz, que acumulem o seu tesouro aqui, e fixem sua atenção sobre as coisas terrenas. Devemos fazer o máximo para evitar que os que trabalham na causa de Deus obtenham meios para usar contra nós. Conservai o dinheiro em nossas próprias fileiras. Quanto mais dinheiro obtiverem, tanto mais prejudicarão nosso reino tirando de nós os nossos súditos. Fazei com que se preocupem mais com o dinheiro do que com a edificação do reino de Cristo e a disseminação das verdades que odiamos, e não precisamos temer-lhes a influência, pois sabemos que toda a pessoa egoísta e cobiçosa cairá em nosso poder, e finalmente se separará do povo de Deus. TM 474 1 "Por meio daqueles que têm uma forma de piedade, mas não lhe conhecem o poder, podemos ganhar muitos que de outra maneira nos causariam grande mal. Os mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus, serão os nossos mais eficientes auxiliares. Os que pertencem a essa classe, forem mais aptos e inteligentes, servirão de chamariz para atrair outros para as nossas ciladas. Muitos não lhes temerão a influência, porque professam a mesma fé. Levá-los-emos então a concluir que as reivindicações de Cristo são menos estritas do que uma vez creram, e que pela conformação com o mundo exercerão maior influência sobre os mundanos. Assim se separarão de Cristo; então não terão forças para resistir ao nosso poder, e dentro de pouco tempo estarão prontos para ridicularizar o seu antigo zelo e devoção. TM 474 2 "Enquanto não for dado o grande golpe decisivo, devem nossos esforços contra os observadores dos mandamentos ser incansáveis. Devemos estar presentes em todos os seus ajuntamentos. Especialmente em suas grandes reuniões, nossa causa muito sofrerá, e devemos exercer grande vigilância, e empregar todas as nossas artes sedutoras para evitar que as almas ouçam a verdade e por ela sejam impressionadas. TM 475 1 "Terei no terreno, como meus agentes, homens que mantenham falsas doutrinas misturadas com justamente suficiente verdade para enganar almas. Também terei presentes pessoas incrédulas, que expressarão dúvidas quanto às mensagens de advertência do Senhor à Sua igreja. Lesse o povo e cresse essas admoestações, e pouca esperança poderíamos ter de vencê-los. Mas se pudermos desviar-lhes a atenção dessas advertências, permanecerão ignorando nosso poder e sagacidade, e finalmente os ganharemos para as nossas fileiras. Deus não permitirá que Suas palavras sejam menosprezadas impunemente. Se pudermos conservar as almas enganadas durante algum tempo, retirar-se-á a misericórdia de Deus, e Ele as abandonará ao nosso completo domínio. TM 475 2 "Temos de causar lutas e divisões. Temos de destruir a ansiedade deles por sua própria alma e levá-los à crítica, aos juízos temerários, acusando e condenando-se uns aos outros, a idolatrar o egoísmo e a inimizade. Por causa destes pecados, Deus baniu-nos de Sua presença; e todos quantos seguirem o nosso exemplo terão sorte idêntica." Deixai que o céu guie TM 475 3 A profecia se deve cumprir. Diz o Senhor: "Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor." Alguém deve vir no espírito e no poder de Elias, e quando ele aparecer, poderão os homens dizer: "Sois demasiadamente sinceros, não interpretais as Escrituras na devida maneira. Deixai-me dizer-vos como ensinar vossa mensagem." TM 475 4 Muitos há que não podem distinguir entre a obra de Deus e a do homem. Contar-vos-ei a verdade como Deus me dá, e agora digo: Se continuardes a descobrir faltas e a ter o espírito de desavença, jamais conhecereis a verdade. Jesus disse aos Seus discípulos: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora." Não estão em condições de apreciar as coisas sagradas e eternas; mas Jesus prometeu enviar o Consolador, que lhes ensinaria todas as coisas, e lhes traria todas as coisas à lembrança, fosse o que fosse que lhes tivesse dito. TM 476 1 Irmãos, não devemos confiar no homem. "Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz; por que em que se deve ele estimar?" Deveis confiar a Jesus vossa alma indefesa. Não nos convém beber da fonte do vale, quando há uma fonte na montanha. Deixemos as correntes baixas; busquemos as fontes mais elevadas. Se há um ponto de verdade que não compreendeis, com o qual não concordais, investigai, comparai um escrito com o outro. Penetrai bem fundo na mina da verdade da Palavra de Deus. Deveis colocar tanto a vós como as vossas opiniões no altar de Deus, abandonar vossas idéias preconcebidas, e deixar que o Espírito do Céu vos guie em toda a verdade. -- The Review and Herald, 18 de Fevereiro de 1890. ------------------------Capítulo 18 -- Princípios vitais nas relações Jeová é o nosso rei TM 477 1 Deus me revelou muitas coisas e me ordenou dá-las a Seu povo tanto pela pena como pela voz. Por essa mensagem do Espírito Santo são dadas ao povo de Deus sagradas instruções quanto a seu dever para com Deus e para os seus semelhantes. TM 477 2 Estranha coisa tem penetrado em nossas igrejas. Homens que são colocados em posições de responsabilidade, para que possam ser sábios ajudadores de seus companheiros de trabalho, chegaram a supor que foram colocados nas igrejas como reis e governadores, para dizer a um irmão: Faça isto; a outro: Faça aquilo; e a mais um outro: Cuide de trabalhar de tal e tal maneira. Lugares há em que se disse a obreiros que se não seguissem as instruções desses homens de responsabilidade, seria retirado o seu salário da Associação. TM 477 3 É certo os obreiros consultarem-se uns aos outros; mas o homem que se esforça por levar seus coobreiros a buscar o seu conselho e parecer individuais quanto aos detalhes de seu trabalho, e a dele aprender qual é seu dever, está em perigosa situação, e precisa saber quais as responsabilidades compreendidas realmente em seu dever. Deus não determinou que nenhum homem fosse consciência para seu semelhante. Não é sensato colocar tanta responsabilidade sobre um oficial que ele se sinta forçado a ser um ditador. Um perigo constante TM 477 4 Durante anos tem havido a crescente tendência de homens que estão colocados em posições de responsabilidade governarem despoticamente sobre a herança de Deus, removendo assim dos membros da igreja o seu vivo senso da necessidade de instrução divina e de apreciar o privilégio de buscar o conselho de Deus quanto a seu dever. Tal ordem de coisas deve mudar. Deve haver uma reforma. Homens que não têm uma abundante medida dessa sabedoria que vem de cima, não devem ser convidados a servir em posições em que sua influência tanto signifique para os membros da igreja. TM 478 1 Em minhas primeiras experiências na mensagem, fui chamada para enfrentar esse mal. Durante os meus labores na Europa e na Austrália, e, mais recentemente, na reunião campal de São José, em 1905, tive de dar contra isso meu testemunho de advertência, porque almas eram levadas a se voltarem para o homem em busca de sabedoria, em vez de buscarem a sabedoria de Deus, que é nossa sabedoria, nossa santificação e nossa justiça. E agora me é dada novamente a mesma mensagem, mais definida e decisiva, porque tem havido mais grave ofensa ao Espírito de Deus. Um exaltado privilégio TM 478 2 Deus é o Mestre do Seu povo. Todos os que diante dEle humilharem o coração, serão ensinados de Deus. "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." O Senhor deseja que todo o membro da igreja ore fervorosamente por sabedoria, para que saiba o que o Senhor quer que ele faça. É privilégio de todo o crente obter uma experiência individual, aprendendo a levar a Deus os seus cuidados e perplexidades. Está escrito: "Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós." TM 478 3 Por meio de Seu servo Isaías, convida Deus Sua igreja a apreciar o seu elevado privilégio de ter às suas ordens a sabedoria do Infinito: "Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe tu a um monte alto. Tu, anunciador de boas novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus. Eis que o Senhor Jeová virá como o forte, e o Seu braço dominará; eis que o Seu galardão vem com Ele, e o Seu salário diante da Sua face. Como pastor apascentará o Seu rebanho; entre Seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no Seu regaço; as que amamentam, Ele guiará mansamente. TM 479 1 "Quem mediu com o Seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da Terra e pesou os montes e os outeiros em balanças? Quem guiou o Espírito do Senhor? E que conselheiro O ensinou? Com quem tomou conselho, para que Lhe desse entendimento, e Lhe mostrasse as veredas do juízo e Lhe ensinasse sabedoria, e Lhe fizesse notório o caminho da ciência? Eis que as nações são consideradas por Ele como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças; eis que lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Nem todo o Líbano basta para o fogo, nem os seus animais bastam para holocaustos. Todas as nações são como nada perante Ele; Ele considera-as menos do que nada e como uma coisa vã." TM 479 2 "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da Terra, nem Se cansa nem Se fatiga? não há esquadrinhação do Seu entendimento. Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos certamente cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão." TM 480 1 Do capítulo quarenta e um ao capítulo quarenta e cinco de Isaías, revela Deus plenamente Seu propósito para com Seu povo, e esses capítulos devem ser estudados com oração. Deus não ensina aqui a Seu povo que se desvie de Sua sabedoria e procure o homem finito para obter sabedoria. "Lembra-te destas coisas ó Jacó, e ó Israel", declara Ele, "porquanto és Meu servo; ... ó Israel, não Me esquecerei de ti. Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para Mim, porque Eu te remi. Cantai alegres, vós, ó Céus, porque o Senhor fez isto; exultai vós, as partes mais baixas da Terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas as árvores em vós; porque o Senhor remiu a Jacó, e glorificou-Se em Israel." TM 480 2 "Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isto desde a antiguidade? quem desde então o anunciou? porventura não sou Eu, o Senhor? e não há outro Deus senão Eu. ... Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu sou Deus e não há outro. Por Mim mesmo tenho jurado; saiu da Minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás: que diante de Mim se dobrará todo o joelho, e por Mim jurará toda a língua. De Mim se dirá: Deveras no Senhor há justiça e força; até Ele virão, mas serão envergonhados todos os que se irritarem contra Ele. Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel." Todo o jugo deve ser quebrado TM 480 3 Escrevo isto na íntegra, porque me foi mostrado que tanto ministros como povo são tentados a confiar cada vez mais no homem finito, visando alcançar sabedoria, e a fazer da carne o seu braço. Aos presidentes de Associações, e aos homens que estão em lugares de responsabilidade, dou esta mensagem: Rompei as ligaduras e quebrai os grilhões que têm sido colocados sobre o povo de Deus. A vós é dada a ordem: Despedaçai todo o jugo. A menos que deixeis a obra de tornar o homem responsável para com o homem, a menos que vos torneis humildes de coração e que vós mesmos aprendais o caminho do Senhor como criancinhas, Ele vos afastará de Seu trabalho. Devemos tratar-nos mutuamente como irmãos, como coobreiros, como homens e mulheres que conosco buscam a luz e procuram compreender os caminhos do Senhor, e que são ciosos de Sua glória. TM 481 1 Deus declara: "Serei glorificado em Meu povo"; mas o manejo de homens, cheios de confiança própria, resulta em pôr a Deus de lado e aceitar as idéias dos homens. Se permitirdes que isso continue, vossa fé logo se extinguirá. Deus está em todo o lugar, contemplando a conduta do povo que professa representar os princípios de Sua Palavra. Ele pede que se faça uma mudança. Deseja que Seu povo não seja formado e amoldado segundo as idéias dos homens, mas à semelhança de Deus. Rogo que examineis as Escrituras como nunca dantes, para que possais conhecer o caminho e a vontade do Senhor. Oh, se toda alma se impressionasse com essa mensagem e afastasse o erro! A experiência de Paulo TM 481 2 Bem faríamos em estudar cuidadosamente o primeiro e o segundo capítulos de I Coríntios. "Nós pregamos a Cristo crucificado", declarou o apóstolo, "que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. TM 482 1 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele. Mas vós sois dEle em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: aquele que se gloria, glorie-se no Senhor." O ser humano que se quer tornar sabedoria para os outros, verificará que vai ficando para trás. TM 482 2 "Eu estive convosco", continua Paulo, "em fraqueza e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não porém a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória." Ensinado pelo Espírito TM 482 3 Nas próximas palavras o apóstolo apresenta a verdadeira fonte de sabedoria para o crente: "Mas Deus no-las revelou pelo Seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. ... As quais também falamos não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais." TM 483 1 Muitíssimo significam essas palavras para a alma que procura correr a carreira posta diante dela no evangelho. "Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-Lo? Mas nós temos a mente de Cristo." TM 483 2 Lede também o terceiro capítulo desse livro, e estudai essas palavras e sobre elas orai. Como um povo, precisam nossa fé e prática ser vitalizadas pelo Espírito Santo. Não se deve exercer nenhum poder governativo que compeliria o homem a obedecer os ditames que a mente finita exercesse. "Deixai-vos pois do homem cujo fôlego está no seu nariz", ordena o Senhor. Desviando a mente dos homens para que se apóiem na sabedoria humana, pomos um véu entre Deus e o homem, de modo que não pode ser visto Aquele que é invisível. TM 483 3 Em nossa experiência individual devemos ser instruídos por Deus. Sempre que O buscarmos com um coração sincero, confessar-Lhe-emos nossos defeitos de caráter e Ele prometeu receber a todo aquele que a Ele se chegar com humilde confiança. Aquele que cede aos reclamos de Deus terá a permanente presença de Cristo, e essa companhia ser-lhe-á uma coisa muito preciosa. Apossando-se da sabedoria divina escapará à corrupção que pela concupiscência há no mundo. Dia a dia aprenderá de maneira mais perfeita como levar suas fraquezas Àquele que prometeu ser um auxílio bem presente em todo o tempo de necessidade. TM 484 1 Essa mensagem é dada a nossas igrejas em toda a parte. Na falsa experiência que está penetrando, está em operação uma decidida influência para exaltar os agentes humanos, e levar muitas pessoas a dependerem do julgamento humano e a seguirem o domínio de mentes humanas. Essa influência está afastando de Deus a mente. Não permita Deus que nenhuma experiência assim se aprofunde e cresça em nossas fileiras de adventistas do sétimo dia. Devem nossas petições alcançar muito mais alto que o homem sujeito ao erro: alcançar a Deus. Deus não Se limita a lugar ou pessoa. Ele contempla dos Céus os filhos dos homens; vê suas perplexidades e está familiarizado com as circunstâncias de cada experiência da vida. Compreende Seu próprio trabalho no coração humano, e não necessita de que qualquer homem dirija a operação de Seu Espírito. TM 484 2 "E esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve. E se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizemos." Deus determinou que os anjos que fazem a Sua vontade respondam as orações dos mansos da Terra, e guiem seus ministros com conselho e critério. Agentes celestiais estão constantemente procurando comunicar graça, força e conselho aos fiéis filhos de Deus, a fim de que possam desempenhar sua parte na obra de comunicar luz ao mundo. O maravilhoso sacrifício de Cristo tem possibilitado a cada homem fazer um trabalho especial. Quando o obreiro recebe sabedoria da única Fonte verdadeira, torna-se um conduto puro de luz e bênçãos; pois recebe a sua capacidade para o serviço das ricas correntes de graça e luz que vêm do trono de Deus. A responsabilidade individual e a unidade cristã TM 485 0 Sanatório, Califórnia, 16 de Janeiro de 1907. TM 485 1 Vivemos num tempo em que todo o verdadeiro cristão deve manter viva ligação com Deus. O mundo está inundado de sofismas do inimigo, e só estamos seguros quando aprendemos as lições de verdade do Grande Mestre. O solene trabalho em que estamos empenhados, exige de nós um forte e unido esforço, sob a direção divina. TM 485 2 O Senhor deseja que Seus filhos se aconselhem mutuamente, e não que se movam independentemente. Os que foram colocados como ministros e guias do povo, devem orar muito quando se reúnem. Isso dará maravilhoso auxílio e coragem, ligando coração a coração e alma a alma, e conduzindo todo o homem a unidade, e a paz e a força em seus esforços. TM 485 3 Nossa força consiste em levar nossos fardos ao Grande Portador de fardos. Deus confere honras àqueles que a Ele se dirigem dEle pedindo auxílio, crendo com fé que o receberão. TM 485 4 O auxílio humano é deficiente. Mas nos podemos unir na procura de auxílio e favor dAquele que disse: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." O poder divino é infalível. Cheguemos então a Deus, rogando a direção do Espírito Santo. Ascendam nossas orações unidas ao trono da graça. Misturem-se nossos pedidos com louvor e ações de graças. Necessidade de educação religiosa TM 485 5 Cristo, nosso advogado para com o Pai, sabe simpatizar com cada alma. Aos que O recebem como seu Salvador, dá Ele o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus. Sua vida de perfeita libertação do pecado, preparou o caminho para nós; por Ele se torna manifesta a entrada no santo dos santos. TM 486 1 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." "Aquele que aceitou o Seu testemunho, esse confirmou que Deus é verdadeiro. Porque Aquele que Deus enviou, fala as palavras de Deus; pois não Lhe dá Deus o Espírito por medida. O Pai ama o Filho, e todas as coisas entregou nas Suas mãos. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece." TM 486 2 Todos os que desempenham uma parte na obra de Jesus Cristo, necessitam grandemente de educação religiosa. Devem ser colaboradores de Deus, empenhados numa obra sagrada e solene. Deve cada um ter uma experiência individual quanto a ser ensinado pelo grande Mestre, e uma comunhão individual com Deus. Deve ser comunicada uma nova vida, e essa vida deve ser alimentada pelo Espírito Santo. Quando houver uma união espiritual com o Senhor Jesus, Ele tocará e impressionará o coração. Ele guiará, havendo na vida um crescimento na comunhão com Cristo. TM 486 3 Cristo é a nossa única esperança. Podemos olhar para Ele, pois é o nosso Salvador. Devemos pegar-Lhe na palavra, e nEle pôr a nossa confiança. Ele sabe justamente o auxílio de que necessitamos, e nEle podemos depositar seguramente a nossa confiança. Se dependermos meramente de que a sabedoria humana nos guie, encontrar-nos-emos do lado que perde. Mas podemos ir diretamente ao Senhor Jesus, pois Ele disse: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." É nosso privilégio ser ensinados por Aquele que disse: "Se não comerdes da carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos." TM 487 1 Temos um ouvinte divino ao qual apresentar os nossos pedidos. Então nada nos impeça de fazer nossas petições em nome de Jesus, crendo com fé inabalável que Deus nos ouve, e que nos atenderá. Levemos nossas dificuldades a Deus, humilhando-nos diante dEle. Há uma grande obra a fazer, e embora seja nosso privilégio buscar o conselho uns dos outros, devemos estar bem certos em cada questão, de buscar o conselho de Deus, pois Ele nunca nos desencaminhará. Não devemos fazer da carne o nosso braço. Se o fizermos, dependendo principalmente do auxílio humano, da orientação humana, a incredulidade entrará furtivamente, e nossa fé fenecerá. TM 487 2 Freqüentemente recebo cartas de pessoas que me contam suas dificuldades e perplexidades, e me pedem que pergunte a Deus qual é o seu dever. Àqueles para quem o Senhor não me deu nenhuma luz, freqüentemente respondo: Nunca me foi designado por Deus fazer tal trabalho como os que me pedis. O Senhor Jesus vos convidou a levar os vossos cuidados Àquele que compreende todas as circunstâncias de vossa vida. TM 487 3 "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis; e, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas." TM 487 4 Não desonrarei ao meu Senhor incentivando o povo a vir a mim em busca de conselho, quando têm um convite permanente para se dirigirem Àquele que é capaz de sustentá-los e resolver todas as suas preocupações. TM 487 5 "Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a Mim. ... Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer dEste pão viverá para sempre; e o pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo." TM 488 1 Deus trata os homens como indivíduos, dando a cada um a sua obra. Todos devem ser ensinados por Deus. Pela graça de Cristo, deve cada alma operar a sua própria justiça, mantendo viva ligação com o Pai e o Filho. Esta é uma genuína experiência que é de valor. A necessidade de ação harmoniosa TM 488 2 Embora seja uma verdade que o Senhor guia os indivíduos, é também verdade que Ele está conduzindo o povo, e não alguns indivíduos separados aqui e acolá, crendo um esta coisa e o outro aquela. Os anjos de Deus fazem a obra que lhes foi confiada. O terceiro anjo está retirando e purificando um povo, e esses devem mover-se unidos com ele. TM 488 3 Os que estavam em nossa obra no começo estão falecendo. Apenas alguns dos pioneiros da causa ainda estão agora entre nós. Muitas das pesadas responsabilidades antigamente suportadas por homens de longa experiência, recaem agora sobre homens mais novos. TM 488 4 Essa transferência de responsabilidades para obreiros cuja experiência é mais ou menos limitada, é seguida de alguns perigos contra os quais nos devemos pôr em guarda. O mundo está cheio de lutas pela supremacia. O espírito de nos separarmos de nossos companheiros de trabalho, o espírito de desorganização, está no próprio ar que respiramos. Por alguns, todos os esforços para estabelecer a ordem são considerados perigosos -- uma restrição à liberdade pessoal, e, daí deverem ser temidos como sendo papismo. Declaram que não aceitarão qualquer dito do homem; que não são responsáveis para com nenhum homem. Fui instruída de que é um esforço especial de Satanás levar homens a sentir, a julgar que Deus Se agrada de que escolham seu próprio rumo, independente do conselho de seus irmãos. TM 489 1 Nisto há um grave perigo para a prosperidade de nossa obra. Devemos mover-nos discretamente, de maneira sensata, em harmonia com o julgamento de conselheiros tementes a Deus; pois somente nesta atitude jaz a nossa segurança e a nossa força. De outro modo não poderá Deus trabalhar conosco, por nós e para nós. TM 489 2 Oh, como se regozijaria Satanás, se pudesse ter êxito em seus esforços de se insinuar entre este povo, e desorganizar o trabalho, num tempo em que é essencial uma completa organização, e será este o maior poder para manter afastados os movimentos espúrios e para refutar declarações não endossadas pela Palavra de Deus! Temos que conservar uniformemente as nossas fileiras, para que não haja quebra no sistema de método e ordem que foi construído por um trabalho sábio e cuidadoso. Não se deve dar permissão a elementos desordenados que desejam dominar a obra neste tempo. Unidade de esforços TM 489 3 Alguns têm apresentado o pensamento de que ao nos aproximarmos do fim do tempo, todo o filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há coisa que se assemelhe a cada homem ser independente. Todas as estrelas do céu estão sujeitas a lei, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes controla as ações. E para que a obra do Senhor possa avançar de maneira sadia e com solidez, deve Seu povo unir-se. TM 489 4 Os movimentos espasmódicos e intermitentes de alguns que pretendem ser cristãos, são bem representados pela obra de cavalos fortes mas não treinados. Quando um puxa para a frente, o outro puxa para trás; e, à voz de seu dono, um se precipita para a frente, e o outro permanece imóvel. Se o homem não se quiser mover de acordo com a grande e sublime obra para este tempo, haverá confusão. Não é bom sinal quando os homens se recusam a unir com seus irmãos, e preferem agir sozinhos. Em vez de se isolarem, aproximem-se em harmonia de seus colaboradores. A menos que assim façam, sua atividade funcionará no tempo impróprio e da maneira errada. Freqüentemente trabalharão num sentido contrário àquele em que Deus trabalharia, e assim seu trabalho é mais do que perdido. Devem os homens ter conselheiros e não governadores TM 490 1 "Espera no Senhor, anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração." Espere cada um de nós no Senhor, e Ele nos ensinará a trabalhar. Revelar-nos-á o trabalho para cuja realização estamos mais preparados. Não levará isso os homens a saírem num espírito independente, a promulgar novas teorias. Neste tempo em que Satanás procura anular a lei de Deus pela exaltação da falsa ciência, devemos precaver-nos muito cuidadosamente contra tudo que tenda a diminuir-nos a fé e dispersar-nos as forças. Como colaboradores de Deus, devemos estar em harmonia com a verdade e com nossos irmãos. Deve haver conselho e cooperação. TM 490 2 Mesmo no meio dos grandes enganos dos últimos dias, quando enganosos milagres serão operados à vista dos homens, em favor das teorias satânicas, é nosso privilégio abrigar-nos em Cristo Jesus. É possível, para nós, procurar e obter a salvação. E nesta época de perigos fora do comum, temos de aprender a resistir sozinhos, tendo nossa fé firmada, não na palavra de homens, mas nas seguras promessas de Deus. TM 491 1 Entre todos os obreiros de Deus, deve haver o espírito de união e de harmonia. O Senhor abençoou especialmente alguns com uma experiência que os tem habilitado a ser sábios conselheiros. Em nossas várias vocações deve haver dependência mútua quanto ao auxílio. A esse respeito diz Pedro: TM 491 2 "Semelhantemente vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." TM 491 3 Mas isso a nenhum homem autoriza a assumir a tarefa de ordenar arbitrariamente aos seus irmãos que faça o que ele pensa ser conveniente, sem respeitar as próprias convicções pessoais do dever. Nem devem os obreiros escolhidos de Deus julgar que a cada passo devem esperar para perguntar a algum oficial que está em autoridade se devem fazer isto ou aquilo. Enquanto cooperam de coração com seus irmãos na execução dos planos gerais que foram estabelecidos para a prossecução da obra, devem buscar constantemente ao Deus de Israel, para obterem orientação pessoal. TM 491 4 Às vezes um homem que foi colocado em posição de responsabilidade, como chefe, concebe a idéia de que está numa posição de suprema autoridade, e que todos os seus irmãos, antes de fazerem qualquer movimento de avanço, devem primeiro dirigir-se a ele pedindo permissão para fazer aquilo que eles sentem que se devem fazer. Tal homem está numa posição perigosa. Perdeu de vista a obra do verdadeiro Líder do povo de Deus. Em vez de agir como sábio conselheiro, assume as prerrogativas de um governante exigente. Deus é desonrado em toda a exibição de autoridade e exaltação própria dessa natureza. Nenhum homem que está em sua própria força deve jamais ser mente e juízo para outro homem que Deus está usando em Sua obra. Ninguém deve estabelecer regras e regulamentos feitos pelo homem para governar arbitrariamente seus colaboradores que têm uma viva experiência na verdade. TM 492 1 Deus apela aos que têm exercido autoridade indébita para que retirem de Seus obreiros toda a mão dominadora. Procure cada um daqueles a quem têm sido confiadas sagradas responsabilidades compreender seu dever individual diante de Deus e cumpri-lo humilde e fielmente. Ninguém se considere senhor, para exercer sobre seus irmãos poder controlador. Devem os princípios da Palavra de Deus ser ensinados e postos em prática. Responsável para com Deus TM 492 2 Embora respeite a autoridade e trabalhe de acordo com planos sabiamente estabelecidos, cada obreiro é responsável para com o grande Mestre pelo devido exercício do juízo que Deus lhe deu e de seu direito de olhar ao Deus do Céu para obter sabedoria e direção. Deus é comandante e governador de todos. Temos um Salvador pessoal, e não devemos trocar Sua palavra pela palavra de qualquer homem. Nas Escrituras, deu o Senhor instruções para cada obreiro. Devem as palavras do Obreiro-Mestre ser diligentemente estudadas, pois são espírito e vida. Os obreiros que se esforçam por trabalhar em harmonia com esta instrução, estão sob a liderança e a orientação do Espírito Santo, e nem sempre precisam, antes de fazerem qualquer movimento de avanço, pedir primeiro permissão a qualquer outra pessoa. Não há necessidade de estabelecer linhas precisas. Dirija o Espírito Santo aos obreiros. Ao continuarem a olhar para Jesus, o autor e consumador de sua fé, aumentarão os dons da graça pelo uso sábio. TM 492 3 Deus deseja que entremos em relação correta com Ele. Deseja que toda a voz seja santificada. Ele quer que tudo que há em nós -- a alma, o corpo, e o espírito -- seja plenamente santificado para cumprir a Sua vontade. É tempo de começarmos a saber que estamos ligados ao Senhor Jesus Cristo por uma fé viva e atuante; é tempo de nos apegarmos ao auxílio oferecido pelo Espírito de Deus, e deixar que nossas palavras revelem que estamos sob a direção divina. Creiamos em Deus, e nEle confiemos, e veremos o Seu vigoroso poder operando entre nós. TM 493 1 Em 1895 escrevi aos meus irmãos do ministério, como segue: TM 493 2 "Devo falar aos meus irmãos de perto e de longe. Não posso calar-me. Não estão trabalhando sob princípios corretos. Não devem julgar os que estão em posições de responsabilidade que sua importante posição os torna homens de juízo infalível. TM 493 3 "Todas as obras dos homens estão sob a jurisdição do Senhor. Será perfeitamente seguro considerarem os homens que há conhecimento no Altíssimo. Os que confiam em Deus e em Sua sabedoria, e não na deles mesmos, andam em veredas seguras. Nunca julgarão estarem autorizados a tapar a boca nem mesmo do boi que trilha o grão; e quão ofensivo é os homens controlarem o agente humano que está em sociedade com Deus, e a quem o Senhor Jesus convidou: 'Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve.' 'Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.' TM 493 4 "O Senhor não colocou nenhum de Seus agentes humanos sob a ordem arbitrária ou o domínio daqueles que não passam eles próprios de mortais sujeitos ao erro. Não deu Ele aos homens o poder de dizer: Fareis isto, e não fareis aquilo. ... TM 493 5 "Nenhum homem é um juiz apropriado do dever de outro homem. O homem é responsável para com Deus; e, quando homens finitos e sujeitos ao erro tomam em suas mãos a jurisdição de seus semelhantes, como se o Senhor os houvesse comissionado para levantar ou abater, todo o Céu se enche de indignação. Estranhos princípios estão sendo estabelecidos com relação ao domínio da mente e das obras dos homens, por juízes humanos, como se esses homens finitos fossem deuses. TM 494 1 "A menos que sejam guardadas pelo poder de Deus, as organizações e instituições trabalharão sob as ordens arbitrárias de Satanás para pôr os homens sob o controle dos homens; e a fraude e o engano terão a aparência de zelo pela verdade e pelo avanço do reino de Deus ... TM 494 2 "Deus não justificará qualquer estratagema pelo qual o homem, ainda que seja no mínimo grau, domine ou oprima os seus semelhantes. A única esperança do homem caído é olhar para Jesus e O receber como o único Salvador. Logo que um homem comece a fazer uma regra de ferro para os outros homens, logo que comece a ajaezar e a tocar os homens segundo a sua própria vontade, desonra a Deus e põe em perigo sua própria alma e a de seus irmãos. O homem pecaminoso só pode encontrar esperança e justiça em Deus; e nenhum ser humano é justo além do tempo em que tem fé em Deus, e com Ele mantém vital ligação. A flor do campo precisa ter a sua raiz no solo; deve ter ar, orvalho, chuva e luz do sol. Só florescerá se receber essas vantagens, e todas elas vêm de Deus. O mesmo se dá com o homem. Recebemos de Deus aquilo que contribui para a vida da alma. Somos advertidos a não confiar no homem, nem a fazer da carne o nosso braço." TM 494 3 A parte anterior foi impressa em Special Testimonies to Ministers and Workers (Série A, n 9, 1897). TM 494 4 Em 1903, escrevi ao Presidente de uma Associação: TM 494 5 "Por meio de um agente, Cristo Jesus, Deus misteriosamente uniu todos os homens entre si. A cada homem deu Ele algum ramo especial de serviço e devemos ser rápidos em compreender que nos devemos precaver contra abandonar o trabalho que nos foi confiado para interferir com outros agentes humanos que estão fazendo um trabalho que não é precisamente o mesmo que o nosso. A nenhum homem foi designada a obra de interferir no trabalho de um de seus coobreiros, procurando tomá-lo em suas mãos ele mesmo; pois o manusearia de tal maneira que o estragaria. Deus dá a um, trabalho diferente do que dá a outro. TM 495 1 "Lembremo-nos todos de que não estamos lidando com homens ideais, mas com homens reais designados por Deus. Homens que são exatamente como nós mesmos, homens que caem nos mesmos erros em que nós caímos, homens com idênticas ambições e fraquezas. Nenhum homem foi feito um senhor, para governar o espírito e a consciência de um seu semelhante. Sejamos bem cuidadosos quanto à maneira em que lidamos com a herança de Deus comprada por sangue. TM 495 2 "A nenhum homem foi designado o trabalho de ser governador de seus semelhantes. Todo homem tem de levar seu próprio fardo. Pode falar palavras de encorajamento, de fé e de esperança aos seus companheiros de trabalho; pode ajudá-los a levar suas responsabilidades especiais, sugerindo-lhes métodos aperfeiçoados de trabalho; mas em caso algum deve ele desanimá-los e enfraquecê-los, para que o inimigo não obtenha vantagem sobre seu espírito -- vantagem que a seu tempo reagiria sobre ele mesmo. TM 495 3 "Pelos laços de terno amor e simpatia ligou o Senhor consigo mesmo todos os homens. A nosso respeito diz Ele: Vós sois 'cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus'. Devemos reconhecer essa relação. Se estivermos ligados a Cristo, constantemente manifestaremos piedosa simpatia e tolerância para com aqueles que estão lutando com toda a capacidade que Deus lhes deu para levar seus fardos, das mesma forma que nós nos esforçamos para levar os fardos que nos são designados. TM 496 1 "Em nossas várias vocações, deve haver mútua dependência no auxílio de um para com o outro. Não se deve exercer o espírito de autoridade, nem mesmo o presidente de uma Associação, pois a posição não transforma o homem numa criatura que não possa errar. Todo obreiro a quem foi confiada a direção de uma Associação deve trabalhar como Cristo trabalhou, levando Seu jugo e dEle aprendendo Sua mansidão e humildade. O espírito e o procedimento do presidente da Associação, tanto em palavras como em atos, revelam se ele reconhece sua fraqueza e põe em Deus a sua confiança, ou se pensa que sua posição de influência deu-lhe superior sabedoria. Se ama e teme a Deus, se reconhece o valor das almas, se aprecia cada jota do auxílio que o Senhor habilitou um irmão obreiro a prestar, será capaz de ligar coração a coração pelo amor que Cristo revelou durante o Seu ministério. Falará palavras de conforto ao doente e ao triste. TM 496 2 "Se não cultivar maneira imperiosa, mas tiver sempre em mente que um é o seu Mestre, a saber, Cristo, poderá dar conselhos aos inexperientes, animando-os a ser a mão ajudadora de Deus. TM 496 3 "Não devem as mãos fracas ser dissuadidas de fazer algo para o Mestre. Aqueles cujos joelhos estão fracos não devem ser levados a tropeçar. Deus deseja que encorajemos os que têm mãos fracas a se apegarem com maior firmeza à mão de Cristo, e a trabalharem esperançosamente. Cada mão deve ser estendida para ajudar a que está fazendo algo para o Mestre. Pode vir o tempo em que as mãos que têm erguido as mãos fracas de outrem, sejam por seu turno sustentadas pelas mãos a que ministraram. De tal maneira determinou Deus as coisas que nenhum homem é absolutamente independente de seus semelhantes." Conselho para os homens que estão em posições oficiais TM 497 1 Entre o povo de Deus há alguns que tiveram longa experiência em Sua obra, homens que não se apartaram da fé. Não obstante as grandes provas por que têm passado, têm permanecido fiéis. Devem esses homens ser considerados como conselheiros experimentados e escolhidos. Devem ser respeitados, e seu juízo deve ser honrado pelos mais novos, os que menos experiência têm tido, ainda que esses jovens estejam em posições oficiais. TM 497 2 Estamos empenhados numa grande obra, e há muitas oportunidades para trabalhar em vários ramos. Orem todos fervorosamente para que Deus os guie para os corretos condutos do serviço. Não deve o obreiro de Deus negligenciar qualquer oportunidade de ajudar aos outros de toda a maneira possível. Se desinteressadamente se dirigirem a Deus em busca de conselho, Sua Palavra, que traz a salvação, os guiará. Empenhar-se-ão no trabalho tanto a mão direita como a esquerda, fazendo o máximo para remover do espírito dos outros toda a dúvida e toda a dificuldade na compreensão da verdade. O Espírito de Deus tornar-lhes-á eficiente o trabalho. TM 497 3 O Senhor chama homens da hora, homens que estejam preparados para pronunciar, em tempo e fora de tempo, palavras que atraiam a atenção e convençam o coração. O reino de Deus não consiste em exibições exteriores. Não se receberá luz por seguir planos egoístas, mas olhando a Jesus, seguindo a direção de Cristo e não as suposições de homens. O reino de Deus é justiça e paz e alegria no Espírito Santo. TM 497 4 Freqüentemente acontece levantarem-se circunstâncias que exigem ação imediata. E às vezes preciosas oportunidades têm sido perdidas devido à demora. Aquele que devia ter agido prontamente achou que primeiro devia consultar a alguém que estava muito distante e que não estava familiarizado com as verdadeiras condições. Muito tempo se tem assim perdido em pedir a opinião e o conselho de homens que não estavam em condições de dar um conselho sábio. Sejam todos os obreiros de Deus guiados pela palavra da verdade que lhes aponta o dever, seguindo implicitamente a direção que Cristo deu. TM 498 1 Em 1883, eu disse aos irmãos que estavam reunidos em assembléia da Associação Geral: TM 498 2 "Satanás exulta quando os homens olham para o homem e nele põem a sua confiança. Aquele que é alvo dessa confiança indébita expõe-se a fortes tentações. Se possível, Satanás os levará à confiança própria, para que os defeitos humanos maculem a obra. Correrá ele o perigo de incentivar seus irmãos a continuarem a confiar nele, e acharem que todas as coisas pertinentes aos movimentos da causa devem ser levadas ao seu conhecimento. Destarte terá a obra o cunho do homem em vez de o cunho de Deus. Mas se todos aprenderem a confiar eles mesmos em Deus, evitar-se-ão muitos dos perigos que assaltam aos que estão à frente da obra. Se erra, se permite à influência humana influenciar-lhe o juízo, ou cede à tentação, poderá ser corrigido e ajudado pelos irmãos. E os que aprendem a ir eles mesmos a Deus em busca de auxílio e consolo, aprendem lições que lhes serão do mais elevado valor. TM 498 3 "Mas se os oficiais da Associação quiserem levar com êxito as responsabilidades sobre eles colocadas, devem orar, devem crer, devem confiar em que Deus os usará como Seus agentes para conservarem as igrejas da Associação em boa ordem de trabalho. Esta é a sua parte na vinha a cultivar. Deve haver muito mais responsabilidade pessoal, muito mais pensar e planejar, muito mais comunicação de poder mental ao trabalho envidado em favor do Mestre. Isso ampliaria a capacidade da mente, e comunicaria mais viva percepção quanto ao que fazer e à maneira de fazê-lo. Irmãos, tereis de lutar com dificuldades, e levar responsabilidades, e dar conselhos, planejar e executar, buscando constantemente o auxílio de Deus. Orai e trabalhai, trabalhai e orai; como alunos da escola de Cristo, aprendei de Jesus. TM 499 1 "O Senhor Jesus nos deu a promessa: 'Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.' Está no plano de Deus que todos os que levam responsabilidades freqüentemente se reúnam para pedir conselhos uns aos outros, e para orar fervorosamente por aquela sabedoria que somente Ele pode dar. Unidos, apresentai a Deus as vossas dificuldades. Falai menos; muito tempo se perde em conversa que nenhuma luz traz. Unam-se os irmãos em jejum e oração por aquela sabedoria que Deus prometeu dar liberalmente. TM 499 2 "Ide a Deus e dizei-Lhe, como Moisés: 'Não posso guiar este povo a não ser que a Tua presença vá comigo.' E então pedi ainda mais; orai com Moisés: 'Rogo-Te que me mostres a Tua glória.' Qual é essa glória? O caráter de Deus. Foi isso que Ele proclamou a Moisés. Apegue-se a alma a Deus com viva fé. Proclame a língua o Seu louvor. Ao vos reunirdes, volte-se o espírito reverentemente para a contemplação das realidades eternas. Assim estareis ajudando um ao outro a ter mentalidade espiritual. Quando vossa vontade estiver em harmonia com a vontade divina, estareis em harmonia uns com os outros; tereis Cristo ao vosso lado, como Conselheiro." -- Obreiros Evangélicos, 235-237 (Edição antiga em Inglês). Independência não santificada TM 499 3 O Senhor não habilitou a qualquer um de nós para levar sozinho a responsabilidade do trabalho. Reuniu Ele homens de mentalidades diferentes, para que se possam aconselhar mutuamente a ajudar uns aos outros. Dessa maneira é a deficiência na experiência e nas aptidões de um suprida pela experiência e pelas aptidões do outro. Devemos todos estudar cuidadosamente a instrução dada em Coríntios e em Efésios quanto à nossa relação de uns para com os outros, como membros do corpo de Cristo. TM 500 1 Em nosso trabalho devemos considerar a relação que cada obreiro mantém para com os outros obreiros que estão ligados à causa de Deus. Devemos lembrar-nos de que os outros, como nós mesmos, têm uma obra a fazer em conexão com esta causa. Não devemos fechar a mente ao conselho. Em nossos planos para levar avante a obra, deve a nossa mente unir-se a outras mentes. TM 500 2 Nutramos o espírito de confiança na sabedoria de nossos irmãos. Devemos estar dispostos a procurar a opinião e o conselho de nossos companheiros de trabalho. Ligados como estamos ao serviço de Deus, devemos nós reconhecer individualmente que somos parte de um grande todo. Devemos buscar a sabedoria de Deus, aprendendo o que significa ter um espírito paciente e vigilante, e ir ao nosso Salvador quando estamos cansados e deprimidos. TM 500 3 É um erro retirar-nos daqueles que não concordam com as nossas idéias. Isso não inspirará a nossos irmãos confiança em nosso juízo. É nosso dever aconselhar-nos com nossos irmãos, e ouvir-lhes os conselhos. Devemos procurar o seu conselho e, quando eles o dão, não devemos desprezá-lo, como se eles fossem nossos inimigos. A não ser que humilhemos o coração diante de Deus, não conheceremos a Sua vontade. TM 500 4 Determinemos ser unidos aos nossos irmãos. Deus nos impôs esse dever. Alegrar-lhes-emos o coração seguindo-lhes os conselhos, e fortaleceremos a nós mesmos pela influência que isto nos dará. Além disso, se acharmos que não necessitamos do conselho de nossos irmãos, fechamos a porta de nossa utilidade como conselheiros seus. TM 501 1 A cada igreja desejo dar a mensagem de que o homem não deve exaltar o seu próprio juízo. A mansidão e a humildade de coração levarão os homens a desejarem conselho a cada passo. E o Senhor dirá: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim." É nosso privilégio aprender de Jesus. Mas quando o homem, cheio de confiança própria, julga ser seu dever aconselhar em vez de desejar ser aconselhado por seus irmãos experimentados, atenderá a vozes que o levarão a caminhos estranhos. TM 501 2 Os anjos de Deus estão em nosso mundo, e os agentes satânicos também aqui estão. É-me permitido ver a inclinação de certas pessoas no sentido de seguir aos seus fortes traços de caráter. Se recusarem levar o jugo com outros que tiveram longa experiência na obra serão cegados pela confiança própria, não fazendo distinção entre o falso e o verdadeiro. Não é seguro permanecerem tais pessoas na posição de líderes, para seguirem ao seu próprio juízo e planos. TM 501 3 São os que aceitam as advertências e avisos que lhes são dados que andarão em caminhos seguros. Não ceda o homem ao ardente desejo de se tornar um grande líder, ou a desejar independentemente idear e estabelecer planos tanto para si mesmo como para a obra de Deus. É fácil para o inimigo trabalhar por intermédio de alguém que, tendo ele mesmo necessidade de conselho a cada passo, empreende a tutela das almas sem ter aprendido a humildade de Cristo. Tais pessoas necessitam de conselho dAquele que diz: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos." TM 501 4 Precisam nossos ministros e líderes reconhecer a necessidade de buscarem o conselho de seus irmãos que há muito estão no trabalho, e que alcançaram profunda experiência nos caminhos do Senhor. A disposição de alguns de se fecharem dentro de si mesmos e de se julgarem competentes para planejar e executar, segundo seus próprios juízos e preferências, leva-os a posições difíceis. Tal maneira independente de trabalhar não é correta, e não deve ser seguida. Devem os ministros e professores de nossas Associações trabalhar unidos com seus irmãos experientes, solicitando-lhes o conselho, e dando atenção aos seus avisos. TM 502 1 Tenho a liberdade de dizer aos nossos irmãos que com humildade de coração seguem o conselho do Senhor: Se sabeis que Deus quer que vos empenheis em qualquer trabalho, ide avante. Os que têm a luz e a consciência de que Deus os está guiando, não necessitam depender de que qualquer agente humano lhes determine o trabalho. Devem receber o conselho da Autoridade mais elevada. Só se conseguirá segurança e paz e calma certeza seguindo o conselho do maior dos mestres que já viveu em nosso mundo. Não nos desviemos de Seu infalível conselho. TM 502 2 Mas nem sempre são nossas impressões um guia seguro do dever. O impulso humano procurará fazer-nos crer que é Deus quem nos está guiando quando estamos seguindo o nosso próprio caminho. Mas se vigiarmos cuidadosamente e buscarmos o conselho de nossos irmãos compreenderemos, pois a promessa é: "Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o seu caminho." Não devemos permitir que as idéias humanas e as inclinações naturais alcancem a supremacia. Um apelo para a unidade TM 502 3 Devem os obreiros de Cristo esforçar-se no sentido de ter união. Somos filhos da mesma família e temos um Pai celestial. Não enverguemos as vestes do abatimento, nem alimentemos dúvidas e falta de confiança em nossos irmãos. Não devemos prejudicar nossa alma ajuntando cardos e espinhos, mas em vez disso, devemos apanhar rosas e lírios e cravos, e exprimir sua fragrância em nossas palavras e atos. TM 503 1 O que segue faz parte de uma palestra feita aos ministros reunidos na assembléia da Associação Geral em 1883: TM 503 2 "'Quanto aos mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.' TM 503 3 "O trato de Deus para com Seu povo, sempre parece misterioso. Seus caminhos não são os nossos caminhos, nem os Seus pensamentos os nossos pensamentos. Muitas vezes Seu modo de tratar é tão contrário aos nossos planos e expectativas, que ficamos admirados e confundidos. Nós não compreendemos nossa perversa natureza; e, freqüentemente, quando estamos satisfazendo ao eu, seguindo as nossas próprias inclinações, gabamo-nos de estar seguindo os pensamentos de Deus. E assim devemos examinar as Escrituras e orar muito, para que segundo Sua promessa o Senhor nos possa dar sabedoria. TM 503 4 "Embora tenhamos um trabalho individual e uma responsabilidade individual diante de Deus, não devemos seguir o nosso próprio juízo, sem tomar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos, pois tal procedimento conduziria à desordem na igreja. É dever dos ministros respeitar o critério de seus irmãos; mas a relação de uns para com os outros, bem como as doutrinas que ensinam, devem ser submetidas à prova da lei e do testemunho; então, se os corações forem susceptíveis de ser ensinados, não haverá divisões entre nós. Alguns se inclinam a ser desordenados, e se estão afastando dos grandes marcos da fé; mas Deus está inclinando Seus ministros a serem um na doutrina e no espírito. TM 503 5 Às vezes irmãos se associam durante anos, e pensam que podem confiar naqueles que conhecem tão bem, da mesma forma em que confiariam nos membros de sua própria família. Há uma liberdade e confiança nesse companheirismo que não poderia existir entre os que não são da mesma fé. É isso muito agradável enquanto continua o amor fraternal; mas tenha o 'acusador dos irmãos' conseguido acesso ao coração de um desses irmãos, dominando a mente e a imaginação, e se cria o ciúme, e se dará guarida à suspeita e à inveja; e aquele que se supunha seguro no amor e na amizade de seu irmão, verifica que é alvo de desconfiança e que seus motivos são mal-interpretados. O falso irmão esquece as suas próprias fraquezas humanas, esquece sua obrigação de não pensar nem falar mal para não desonrar a Deus e ferir a Cristo na pessoa de Seus santos; e todo o defeito em que se possa imaginar é comentado sem misericórdia, e o caráter de um irmão é apresentado como sendo negro e duvidoso. TM 504 1 "Há uma traição do sagrado depósito. As coisas faladas em fraternal confiança são repetidas e mal-representadas; e cada palavra, cada ação, embora inocente e bem-intencionada, é esquadrinhada pela crítica fria e invejosa daqueles que se julgavam serem nobres demais, demais honrados para tirar a mínima vantagem da associação amigável ou de fraternal confiança. Corações fecham-se para a misericórdia, o juízo, e o amor de Deus; e se revela o espírito frio, escarnecedor e insolente que Satanás manifesta para com sua vítima. TM 504 2 "Se Satanás pode levar professos crentes a agir como acusadores dos irmãos, sente-se contente com razão, pois aqueles que assim fazem estão-no servindo tão justamente como Judas quando traiu a Cristo, mesmo que o estejam fazendo ignorantemente. Satanás não está menos ativo agora do que estava nos dias de Cristo, e os que se prestam para fazer o seu trabalho manifestarão seu espírito. TM 504 3 "Os rumores circulados são freqüentemente os destruidores da unidade entre os irmãos. Há alguns que vigiam com a mente e os ouvidos abertos para captar os escândalos que estão no ar. Reúnem pequenos incidentes que em si mesmos são sem importância, e que são repetidos e exagerados até que um homem é considerado um ofensor por uma palavra. Seu moto parece ser: 'Conte e nós o contaremos.' Esses mexeriqueiros fazem a obra de Satanás com surpreendente fidelidade, pouco sabendo quão ofensivo a Deus é seu procedimento. ... Deve a porta do espírito ser fechada contra: 'Dizem', ou 'Ouvi'. Por que não devemos nós, em vez de permitir que o ciúme ou as más suspeitas entrem em nosso coração, ir ao nosso irmão, e, depois de com franqueza mas de maneira bondosa apresentar-lhe as coisas que ouvimos e que vêm em detrimento de seu caráter e de sua influência, orar com ele e por ele? Embora não possamos associar-nos com os que são inimigos acérrimos de Cristo, devemos cultivar o espírito de mansidão e de amor que caracterizou o nosso Mestre -- o amor que não pensa mal, e que não se deixa facilmente provocar. TM 505 1 "Cultivemos diligentemente os princípios puros do evangelho de Cristo: a religião, não a do amor-próprio, mas a do amor, da mansidão e da humildade de coração. Então amaremos aos nossos irmãos e os consideraremos mais do que a nós mesmos. Nossa mente não se demorará sobre escândalos e notícias que voam no ar. Antes, 'tudo que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor', nisso pensaremos." TM 505 2 Como um povo temos sido reprovados por Deus por fazer tão pouco. Quão importante é, então, que nos guardemos cuidadosamente de tudo que possa desanimar ou enfraquecer a influência de uma alma que está fazendo uma obra que Deus quer que seja feita! Há vitórias a ganhar, se apresentarmos uma frente unida e individualmente buscarmos ao Senhor para obter força e direção. Orai pela chuva serôdia TM 506 1 "Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia; o Senhor que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água." "E fará descer a chuva, a temporã e a serôdia." No Oriente a chuva temporã cai no tempo da semeadura. Ela é necessária, para que a semente possa germinar. Sob a influência de fertilizantes aguaceiros, brota o tenro rebento. Caindo perto do fim da estação, a chuva serôdia amadurece o grão, e o prepara para a foice. O Senhor emprega essas operações da Natureza para representar a obra do Espírito Santo. Como o orvalho e a chuva são dados primeiro para fazer com que a semente germine, e então para amadurecer a colheita, assim é dado o Espírito Santo para levar avante, de um estágio para outro, o processo de crescimento espiritual. O amadurecimento do grão representa a terminação do trabalho da graça de Deus na alma. Pelo poder do Espírito Santo deve a imagem moral de Deus ser aperfeiçoada no caráter. Devemos ser completamente transformados à semelhança de Cristo. TM 506 2 A chuva serôdia, amadurecendo a seara da Terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do homem. Mas a menos que a chuva temporã haja caído, não haverá vida; a ramagem verde não brotará. Se a chuva temporã não fizer seu trabalho, a serôdia não desenvolverá a semente até a perfeição. TM 506 3 Deve haver "primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga". Deve haver um desenvolvimento constante das virtudes cristãs, um avanço constante na experiência cristã. Isso devemos nós buscar com intenso desejo, para que possamos adornar a doutrina de Cristo, o nosso Salvador. TM 507 1 Muitos têm em grande medida deixado de receber a chuva temporã. Não têm obtido todos os benefícios que Deus assim para eles tem provido. Esperam que as falhas sejam supridas pela chuva serôdia. Quando a maior abundância da graça estiver para ser outorgada, esperam poder abrir o coração para recebê-la. Estão cometendo um erro terrível. O trabalho que Deus começou no coração humano mediante Sua luz e conhecimento, deve estar continuamente avançando. Cada indivíduo deve estar cônscio de sua própria necessidade. Deve o coração ser esvaziado de toda a mancha, purificado para habitação do Espírito. Foi pela confissão e pelo abandono do pecado, por meio de fervorosa oração e da entrega pessoal a Deus, que os discípulos se prepararam para o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. O mesmo trabalho, apenas em grau mais elevado, deve ser feito agora. Então o agente humano só teve de pedir a bênção e esperar que o Senhor aperfeiçoasse a obra a seu respeito. Foi Deus que começou a obra, e Ele terminará Sua obra, tornando o homem perfeito em Jesus Cristo. Mas não se deve negligenciar a graça representada pela chuva temporã. Só os que estiverem vivendo de acordo com a luz que têm recebido poderão receber maior luz. A não ser que nos estejamos desenvolvendo diariamente na exemplificação das ativas virtudes cristãs, não reconheceremos as manifestações do Espírito Santo na chuva serôdia. Pode ser que ela esteja sendo derramada nos corações ao nosso redor, mas nós não a discerniremos nem a receberemos. TM 507 2 Em nenhum ponto de nossa experiência podemos nós dispensar a assistência daquilo que nos habilita a fazer justamente o começo. As bênçãos recebidas sob a chuva temporã, são-nos necessárias até ao fim. No entanto só isso não nos basta. Embora acariciemos as bênçãos da primeira chuva, não devemos, do outro lado, perder de vista o fato de que sem a chuva serôdia, para encher a espiga e amadurecer o grão, a colheita não estará pronta para a ceifa, e o trabalho do semeador terá sido em vão. Necessita-se da graça divina no começo, da graça divina em cada passo de avanço; só a graça divina pode completar a obra. Não há lugar para nós descansarmos em descuidada atitude. Nunca devemos esquecer as advertências de Cristo: "Vigiai em oração." "Vigiai pois em todo o tempo, orando." A ligação a cada momento com o Agente divino é essencial ao nosso progresso. Podemos ter tido uma medida do Espírito de Deus, mas tanto pela oração como pela fé devemos buscar continuamente mais do Espírito. Nunca dá resultado cessarmos os nossos esforços. Se não progredirmos, se não nos colocarmos na atitude em que tanto possamos receber a chuva temporã como a serôdia, perderemos nossa alma e a responsabilidade jazerá à nossa porta. TM 508 1 "Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia." Não fiqueis satisfeitos, pensando que no curso ordinário da estação a chuva cairá. Pedi-a. O crescimento e a perfeição da semente não repousa sobre o lavrador. Só Deus pode amadurecer a colheita. Mas se exige a cooperação do homem. A obra de Deus por nós exige a ação de nossa mente, o exercício de nossa fé. Devemos buscar-Lhe os favores de todo o coração, se queremos alcançar os chuveiros da graça. Devemos aproveitar toda a oportunidade de nos colocarmos no conduto da bênção. Cristo disse: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles." As convocações da igreja, como nas reuniões campais, as assembléias da igreja local, e todas as ocasiões em que há trabalho pessoal em favor das almas, são oportunidades determinadas por Deus para dar tanto a chuva temporã como a serôdia. TM 508 2 Mas ninguém pense que ao freqüentar essas reuniões, já fez o seu dever. A mera freqüência a todas as reuniões que se realizam não trará em si mesma uma bênção à alma. Não é lei imutável que todos os que assistam a reuniões gerais ou a reuniões locais recebam grandes recursos do Céu. Podem as circunstâncias parecer favoráveis a um abundante derramamento dos chuveiros da graça. Mas Deus mesmo deve ordenar que caia a chuva. Não devemos portanto ser remissos nas súplicas. Não devemos confiar na operação comum da providência. Devemos orar para que Deus descerre a fonte da água da vida. E nós mesmos devemos receber água viva. Oremos, pois, com coração contrito e com maior fervor, para que agora, no tempo da chuva serôdia, os chuveiros da graça sejam derramados sobre nós. Em todas as reuniões em que estivermos presentes, nossas orações devem ser feitas no sentido de que, agora mesmo, Deus conceda fervor e ânimo a nosso coração. Ao irmos ao Senhor em busca do Espírito Santo, Este operará em nós mansidão e humildade, bem como consciente confiança de que Deus nos concederá a aperfeiçoadora chuva serôdia. Se com fé orarmos pela bênção, recebê-la-emos conforme Deus nos prometeu. TM 509 1 A contínua concessão do Espírito Santo à igreja é representada pelo profeta Zacarias por meio de outro símbolo, que contém uma admirável lição de encorajamento para nós. Diz o profeta: "E tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado de seu sono, e me disse: Que vês? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. E falei, e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto? ... E respondeu, e me falou, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos. ... E, falando-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois raminhos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro e que vertem de si ouro? ... Então Ele disse: Esses são os dois filhos do óleo, que estão diante do Senhor de toda a Terra." TM 510 1 Das duas oliveiras, o óleo dourado era conduzido através de tubos de ouro, para o bojo do castiçal e daí para as lâmpadas de ouro que iluminavam o santuário. Da mesma sorte, dos santos que permanecem na presença de Deus, Seu Espírito é transmitido aos instrumentos humanos que se consagram ao Seu serviço. A missão dos dois ungidos é comunicar luz e poder ao povo de Deus. É para receber bênção para nós que eles estão na presença de Deus. Como as oliveiras esvaziam-se nos tubos de ouro, assim procuram os mensageiros celestes comunicar tudo que de Deus receberam. Todo o tesouro celestial aguarda que o peçamos e recebamos; e, à medida que recebemos a bênção, devemos naturalmente transmiti-la a outros. É assim que as lâmpadas sagradas são alimentadas, e a Igreja se torna portadora de luz no mundo. TM 510 2 Esta é a obra que o Senhor deseja que cada alma esteja preparada para fazer neste tempo, quando os quatro anjos seguram os quatro ventos, para que não soprem até que os servos de Deus sejam selados em suas testas. Não há tempo agora para agradar a si mesmo. As lâmpadas da alma devem ser espevitadas. Devem ser supridas com o óleo da graça. Deve-se tomar toda a precaução para evitar toda a decadência espiritual, para que o grande dia do Senhor não nos surpreenda como um ladrão de noite. Cada testemunha em favor de Deus, deve agora trabalhar inteligentemente nos ramos indicados pelo Senhor. Devemos obter diariamente uma viva e profunda experiência na obra de aperfeiçoar um caráter cristão. Devemos receber diariamente o santo óleo, para que o possamos transmitir aos outros. Todos os que quiserem podem ser faróis para este mundo. Em Jesus, devemos fazer desaparecer o próprio eu. Devemos receber a Palavra de Deus nos conselhos e instruções, comunicando-a alegremente. Há, agora, necessidade de muita oração. Cristo ordena: "Orai sem cessar"; isto é, conservai o espírito elevado a Deus, a fonte de todo o poder e eficiência. TM 511 1 Podemos por muito tempo ter seguido no caminho estreito, mas não é seguro tomar isso como prova de que o seguiremos até ao fim. Se com Deus temos andado na comunhão do Espírito, é porque O procuramos diariamente pela fé. Das duas oliveiras é-nos comunicado o óleo que verte pelo tubos de ouro. Mas os que não cultivam o espírito e o hábito de oração não podem esperar receber o áureo azeite da bondade, paciência, longanimidade, delicadeza e amor. TM 511 2 Deve cada um conservar-se separado do mundo, que está cheio de iniqüidade. Não devemos andar com Deus por algum tempo e depois separar-nos de Sua companhia, e andar nas centelhas que nós mesmos acendemos. Deve haver firme continuação, perseverança nos atos de fé. Devemos louvar a Deus; demonstrar Sua glória num caráter justo. Nenhum de nós alcançará a vitória sem que haja um esforço perseverante e incansável, proporcional ao valor do objeto que procuramos, a vida eterna. TM 511 3 A dispensação em que vivemos deve ser, para os que pedem, a dispensação do Espírito Santo. Pedi-Lhe a bênção. É tempo de sermos mais dedicados em nossa devoção. É-nos confiado o trabalho árduo mas feliz e glorioso, de revelar Cristo aos que se acham em trevas. Somos chamados para proclamar as verdades especiais para este tempo. Para tudo isto, é essencial o derramamento do Espírito Santo. Devemos orar para esse fim. O Senhor espera que Lho peçamos. Ainda não empreendemos essa tarefa com todo o coração. TM 512 1 Que posso dizer a meus irmãos em nome do Senhor? Que medida de nossos esforços foi feita de acordo com a luz que ao Senhor aprouve dar? Não podemos depender da forma ou do maquinismo externo. O que precisamos é da vivificadora influência do Espírito Santo de Deus. "Não por força, nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Orai sem cessar, e vigiai, trabalhando de conformidade com vossas orações. Ao orardes, crede, confiai em Deus. Estamos no tempo da chuva serôdia, tempo em que o Senhor outorgará liberalmente o Seu Espírito. Sede fervorosos em oração, e vigiai no Espírito. TM 512 2 De que maneira O serviremos, para aprender dAquele que é nosso Mestre? Podemos examinar-Lhe a palavra, e familiarizar-nos com Sua vida e Suas obras. Devemos receber Suas palavras como sendo pão para nossa alma. Em qualquer esfera em que o homem seja colocado, deixou-nos o Senhor Jesus sinais de Seus passos. Faremos bem em segui-Lo. Devemos alimentar o Espírito pelo qual Ele falou; devemos apresentar a verdade como esta é em Jesus. Devemos segui-Lo, especialmente na pureza de coração, no amor. O eu deve estar escondido com Cristo, em Deus; então, quando Cristo, que é a nossa vida, aparecer, também nós apareceremos, com Ele, em glória. -- Special Testimonies to Ministers and Workers 9:58. Palavras de saudação TM 513 0 Aos que Estão Reunidos na Assembléia Geral de Mil Novecentos e Treze TM 513 1 Meus queridos Irmãos: É o privilégio de nossos homens representativos que assistem à assembléia da Associação Geral nutrir um espírito de esperança e coragem. Meus irmãos, o Salvador a vós Se tem revelado de múltiplas maneiras; enche vosso coração com a luz de Sua presença enquanto trabalhais em terras longínquas e no território pátrio; tem-vos guardado em perigos visíveis e invisíveis; e agora, ao vos encontrardes mais uma vez com vossos irmãos, no concílio, é vosso privilégio alegrar-vos no Senhor, e regozijar-vos no conhecimento de Sua graça mantenedora. TM 513 2 Tome posse Seu amor da mente e do coração. Guardai-vos de ficar extenuados, oprimidos com cuidados, e deprimidos. Dai um testemunho reanimador. Desviai vossos olhos do que é escuro e desanimador, e contemplai a Jesus, o nosso grande Líder, sob cuja vigilante supervisão a causa da verdade presente, à qual estamos dando nossa vida e tudo o que é nosso, está votada a glorioso triunfo. TM 513 3 A atitude mantida pelos nossos homens representativos durante a assembléia exercerá notável influência sobre todos, em todo o campo, bem como sobre os próprios delegados. Oh, mostre-se, meus irmãos, que Jesus habita no coração, sustenta, fortalece e conforta. É vosso privilégio ser dotados, dia a dia, de rica medida de Seu santo Espírito, e de ter ampliada visão da importância e do escopo da mensagem que estamos proclamando ao mundo. O Senhor deseja revelar-vos maravilhosas coisas de Sua lei. Esperai diante dEle com coração humilde. Orai com maior fervor pela compreensão dos tempos em que vivemos, por mais ampla concepção de Seu propósito, e por crescente eficiência na salvação de almas. TM 514 1 Freqüentemente, durante a noite, é-me ordenado que insista com os nossos irmãos que estão em posições de responsabilidade para que envidem fervorosos esforços no sentido de prosseguir em conhecer de maneira mais perfeita ao Senhor. Quando nossos obreiros reconhecerem como devem a importância dos tempos em que vivemos, ver-se-á determinado propósito para estar ao lado do Senhor, e verdadeiramente se tornarão cooperadores de Deus. Quando consagrarem o coração e alma ao serviço de Deus, verificarão ser essencial uma experiência mais profunda que qualquer das que já obtiveram, se é que querem triunfar sobre o pecado. TM 514 2 Será bom considerarmos o que está prestes a sobrevir à Terra. Não é este o tempo para frivolidades ou para o egoísmo. Se o tempo em que vivemos deixar de nos impressionar seriamente o espírito, que nos poderá atingir então? Não reclamam as Escrituras trabalho mais puro e santo do que o que até aqui se tem visto? TM 514 3 Necessitam-se agora homens de compreensão clara. Deus está apelando para os que desejam deixar-se guiar pelo Espírito Santo num trabalho de completa reforma. Vejo uma crise diante de nós e o Senhor roga aos Seus obreiros que se ponham a postos. Cada alma deve agora colocar-se numa posição de consagração a Deus, mais sincera e profunda do que nos anos passados. ... TM 514 4 "Regozijo-me", meus irmãos, "de em tudo poder confiar em vós." E embora ainda sinta a mais profunda ansiedade pela atitude que alguns estão assumindo para com importantes medidas relativas ao desenvolvimento da causa de Deus na Terra, ainda assim tenho uma forte fé nos obreiros que estão espalhados pelo campo, e creio que ao se reunirem e se humilharem perante o Senhor, consagrando-se novamente ao Seu serviço, serão habilitados a fazer-Lhe a vontade. Alguns há que nem mesmo agora vêem as coisas na devida luz, mas estes podem aprender a ter os mesmos pontos de vista de seus irmãos, e podem evitar cometer sérios erros, buscando fervorosamente ao Senhor, neste tempo, e submetendo sua vontade inteiramente à vontade de Deus. TM 515 1 Fiquei profundamente impressionada pelas cenas que recentemente passaram diante de mim, à noite. Parecia existir um grande movimento -- um trabalho de reavivamento -- em ação em vários lugares. Nosso povo movia-se em linha e respondia ao apelo de Deus. Meus irmãos, o Senhor está falando a cada um de nós. Não ouviremos Sua voz? Não espevitaremos nossas lâmpadas e não agiremos como homens que esperam a vinda de seu Senhor? O tempo atual é dos que reclamam que se comunique a luz, dos que reclamam ação. TM 515 2 Que os que estão em todo país distante trabalhem desinteressadamente no temor de Deus e em Seu amor para levar avante a obra; como missionários de Deus, muito poderão eles fazer neste sentido se com Ele estiverem ligados. Devem aproximar-se de Deus com plena certeza de fé, levantando mãos santas, sem ira nem dúvidas. Deus lhes fará conhecer o Seu prazer; mas todos os que não trabalham unicamente para a glória de Deus, dEle dependendo e nEle confiando, que antes se apóiam na sabedoria humana, cometerão erros crassos. É fazendo a obra de Deus que se alcança a mais rica experiência. Aqui é que alcançais a sabedoria e verificais o cumprimento das promessas de Deus. -- Special Testimonies to Ministers and Workers 9:35 (1897). A vida vitoriosa TM 516 0 Sanatório, Califórnia, 14 de Junho de 1914. TM 516 1 Prezada Amiga: O Senhor me deu uma mensagem para vós, e não somente para vós, mas também para outras almas fiéis perturbadas pelas dúvidas e temores concernentes à sua aceitação pelo Senhor Jesus Cristo. Sua palavra para vós, é: "Não temas, porque Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu." Desejais agradar ao Senhor, e o podeis fazer crendo em Suas promessas. Ele espera levar-vos para um porto de misericordiosa experiência, e vos ordena: "Aquietai-vos, e sabei que Eu sou Deus." Tendes tido um tempo de inquietação, mas Jesus vos diz: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei." O gozo de Cristo na alma vale tudo. "Então se alegram", porque têm o privilégio de repousar nos braços do eterno amor. TM 516 2 Afastai vossa desconfiança de vosso Pai celestial. Em vez de falardes em vossas dúvidas, rompei com elas na força de Jesus. Deixai que a luz brilhe em vossa alma fazendo com que vossa voz exprima confiança e crédito em Deus. Sei que bem perto está o Senhor para vos dar a vitória, e vos digo: Ajudai-vos, fortalecei-vos, saí, afastai-vos da escura masmorra da incredulidade. Dúvidas vos assediarão a mente, porque Satanás se esforça por vos conservar cativa de seu cruel poder, mas enfrentai-o na força que Jesus vos deseja dar, e vencei a inclinação de exprimir descrença em vosso Salvador. TM 516 3 Não faleis de vossas ineficiências e de vossos defeitos. Quando parece que o desespero vos devasta a alma, olhai a Jesus, dizendo: Ele vive para interceder por mim. Esquecei as coisas que estão para trás e crede na promessa: "Virei a vós", e "habitarei convosco." TM 517 1 Deus espera conceder as bênçãos da absolvição, do perdão da iniqüidade, dos dons da justiça, a todos os que crêem em Seu amor e aceitam a salvação que Ele oferece. Cristo está pronto a dizer ao pecador que se arrepende: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos".' O sangue de Jesus Cristo é o eloqüente apelo que fala em favor dos pecadores. Esse sangue "purifica de todo o pecado". TM 517 2 É vosso privilégio confiar no amor de Jesus para a salvação, da maneira mais ampla, mais segura e mais nobre; dizer: Ele me ama, Ele me recebe, nEle confiarei, pois deu Sua vida por mim. Nada dissipa tanto a dúvida como entrar em contato com o caráter de Cristo. Ele declara: "O que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora"; isto é, não há possibilidade de o lançar fora, pois empenhei Minha palavra de recebê-lo. Pegai a Cristo por Sua palavra, e declarem vossos lábios que alcançastes a vitória. TM 517 3 É Jesus verdadeiro? O que Ele diz é a verdade? respondei decididamente: sim, cada palavra! Então se houverdes resolvido fazer assim, pela fé reclamai todas as promessas que Ele fez, e recebei as bênçãos, porque esta aceitação, pela fé, outorga vida à criatura. Podeis crer que Jesus seja verdadeiro para vós, embora vos sintais o mais fraco e indigno de Seus filhos. E quando o acreditardes, todas as vossas negras e atormentadoras dúvidas serão lançadas sobre o arquienganador que as originou. Podeis ser uma grande bênção, se pegardes a Deus em Sua palavra. Deveis confiar nEle mediante uma fé viva, ainda mesmo que forte seja dentro de vós o impulso de proferir palavras de desconfiança. TM 518 1 Da confiança no poder divino advém a paz. Logo que a alma resolve agir de acordo com a luz dada, dá o Espírito Santo mais luz e força. A graça do Espírito é suprida para cooperar com a resolução da alma, mas não é um substituto do exercício individual da fé. O êxito na vida cristã depende da apropriação da luz dada por Deus. Não é a abundância de luz e de evidências que torna a alma liberta em Cristo; é o despertar das faculdades, a vontade e as energias da alma para clamar sinceramente: "Senhor, eu creio; ajuda a minha incredulidade." TM 518 2 Regozijo-me nas brilhantes perspectivas do futuro e o mesmo se pode dar convosco. Tende bom ânimo, e louvai ao Senhor por Sua terna bondade. A Ele entregai tudo aquilo que não podeis compreender. Ele vos ama, e Se compadece de cada uma de vossas fraquezas. Ele "nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo". Não satisfaria o coração do Infinito dar àqueles que amam a Seu Filho uma bênção menor do que a que dá a Seu Filho mesmo. TM 518 3 Satanás procura desviar nossa mente do poderoso Ajudador, para nos levar a ponderar sobre a degeneração de nossa alma. Mas ainda que Jesus veja a culpa do passado, Ele fala de perdão; e nós não O devemos desonrar duvidando de Seu amor. Deve o sentimento de culpa ser depositado aos pés da cruz, ou envenenará ele as fontes da vida. Quando Satanás atira suas ameaças contra vós, desviai-vos delas, e confortai vossa alma com as promessas de Deus. A nuvem pode ser negra em si mesma, mas quando cheia da luz do Céu, torna-se brilhante como o ouro; pois sobre ela repousa a glória de Deus. TM 518 4 Não devem os filhos de Deus ser sujeitos aos sentimentos e emoções. Quando flutuam entre a esperança e o temor, o coração de Cristo, é ferido; pois lhes têm dado inconfundíveis evidências do Seu amor. Ele quer que sejam firmados, fortalecidos e estabelecidos na mais santa fé. Ele quer que façam a obra que Ele lhes deu; então seu coração se tornará em Suas mãos como harpas sagradas, cada corda das quais despedirá louvores e ações de graças Àquele que foi enviado por Deus para tirar os pecados do mundo. TM 519 1 O amor de Cristo para com os Seus filhos é tão terno quanto forte. E é mais forte do que a morte, pois Ele morreu para comprar a nossa salvação, e para nos tornar um com Ele, misticamente e eternamente um. Tão forte é Seu amor que domina todos os Seus poderes, e emprega os vastos recursos do Céu em fazer bem a Seu povo. É sem mudança ou sombra de variação -- o mesmo ontem, hoje e eternamente. Embora o pecado tenha existido por séculos, procurando anular esse amor e obstruir o seu fluxo para a Terra, fluirá ele em ricas correntes para aqueles por quem Cristo morreu. TM 519 2 Deus ama aos anjos sem pecado, que fazem o Seu trabalho e obedecem a todos os Seus mandamentos, mas não lhes dá graça; eles nunca tiveram necessidade dela, pois nunca pecaram. A graça é um atributo revelado para com seres humanos sem mérito. Nós não a procuramos, ela veio em nossa procura. Deus Se alegra em conceder graça a todos os que dela têm fome e sede, não por sermos dignos, mas porque somos indignos. Nossa necessidade é o qualificativo que nos dá certeza de que havemos de receber o dom. TM 519 3 Não deve ser difícil lembrar que o Senhor deseja que deponhais vossas lutas e dificuldades a Seus pés, e que as deixeis ali. Ide a Ele, dizendo: "Senhor, meus fardos são pesados demais para eu os levar. Queres Tu levá-los em meu lugar?" E Ele responderá: "Eu os tomarei. Com eterna bondade compadecer-Me-ei de vós. Tomarei os vossos pecados e vos darei a paz. Não mais afugenteis o vosso respeito próprio, pois Eu vos comprei pelo preço do Meu próprio sangue. Sois Meus. Vossa vontade enfraquecida, Eu fortalecerei. Removerei vosso remorso pelo pecado." TM 520 1 "Eu, Eu mesmo sou", declara o Senhor, "o que apago as tuas transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados Me não lembro. Procura lembrar-Me; entremos em juízo juntamente: apresenta as tuas razões, para que te possa justificar." "Não falei em segredo, nem em lugar algum escuro da Terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-Me em vão; Eu sou o Senhor, que falo a justiça e anuncio coisas retas." "Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu sou Deus, e não há outro." Respondei aos apelos da misericórdia de Deus e dizei: "Confiarei no Senhor e serei confortada. Louvarei ao Senhor, pois Sua ira se desviou. Regozijar-me-ei em Deus que dá a vitória." ------------------------Apêndice Notas elucidativas TM 521 1 Página 23. Folhetos denunciando a Igreja Adventista do Sétimo Dia como Babilônia: A referência é a um folheto intitulado: "O Alto Clamor da Mensagem do Terceiro Anjo", publicado por um membro adventista do sétimo dia, Sr. Stanton, no ano 1893. Esse homem, em seu estudo da Bíblia e dos testemunhos, concentrou a atenção principalmente nas mensagens de repreensão e censura, olvidando que Deus disse: "Eu repreendo e disciplino a quantos amo." Apocalipse 3:19. Ele deduziu que os testemunhos de repreensão constituíam uma mensagem de rejeição, e que os que quisessem participar do alto clamor precisavam retirar-se da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A igreja, asseverava ele, tornara-se Babilônia, e os que quisessem terminar a obra de Deus na Terra e encontrar-se com o Senhor em paz precisavam separar-se do corpo. TM 521 2 Um discípulo ardoroso, Sr. W. F. Caldwell, foi enviado à Austrália para levar a mensagem a esse país e visitar a Sra. White, a qual, supunham eles, se juntaria a suas forças de "reforma". Ao chegar à Austrália, ele descobriu que enquanto estivera atravessando o Oceano Pacífico em direção à Austrália, um testemunho estava a caminho da Nova Zelândia para a América do Norte, especificando que a mensagem do folheto do "Alto Clamor" era "um dos enganos satânicos destinados a criar confusão entre as igrejas", e declarando de maneira bem clara: "Meu irmão, se estais ensinando que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é Babilônia, estais errado." Veja a carta completa nas páginas 58-62. A Sra. White refutou esse ensino ilusório numa série de artigos na Review and Herald, intitulada: "A Igreja Remanescente Não é Babilônia", que agora constitui as páginas 32-62 deste livro. Esse movimento espúrio teve vida bem curta. TM 521 3 Página 26. Adventistas do primeiro dia: Ao referir-se àqueles que se uniram para proclamar as mensagens do primeiro e do segundo anjo no grande avivamento da década de 1840, mas rejeitaram a mensagem do terceiro anjo, com a verdade do sábado, embora continuassem acalentando a esperança do advento, a Sr. White e outros adventistas que observavam o sábado faziam uso das expressões "adventistas nominais" ou "adventistas do primeiro dia". Depois do desapontamento no outono de 1844, quando Cristo não veio como se esperava, os adventistas se dividiram em vários grupos. Os principais sobreviventes, hoje em dia, são a Igreja Cristã do Advento, uma pequena corporação, e os Adventistas do Sétimo Dia. Relativamente bem poucos entre os adventistas, imediatamente após o desapontamento, mantiveram a confiança no cumprimento da profecia em 1844. Mas os que o fizeram, deram um passo para a frente, adotando a mensagem do terceiro anjo, com o seu sábado do sétimo dia. TM 521 4 Página 27. Contribuição sistemática: Em 1859, os principais irmãos entre os adventistas que observavam o sábado viram a necessidade de um plano sistemático para sustentar a obra de Deus, e de um congresso em que foi estudado este assunto provieram estas recomendações: TM 522 1 "1. Que cada irmão, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de cinco a vinte e cinco centavos de dólar. TM 522 2 "2. Que cada irmã, dos dezoito aos sessenta anos de idade, ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de dois a dez centavos de dólar. TM 522 3 "3. Além disso, que cada irmão e cada irmã ponha de parte, no primeiro dia de cada semana, de um a cinco centavos para cada cem dólares de propriedade que possuem." -- The Review and Herald, 3 de Fevereiro de 1859, p. 84. Adotado pela Associação Geral, em 4 de Junho de 1859. TM 522 4 Como esclarecimento adicional sobre o terceiro ponto, Tiago White explicou no Good Samaritan de Janeiro de 1861: TM 522 5 "Propomos que os amigos dêem o dízimo ou a décima parte de sua renda, orçando essa renda em dez por cento do que possuem." TM 522 6 Na The Review and Herald, de 9 de Abril de 1861, Tiago White explicou como os irmãos em Michigan aplicavam isso. TM 522 7 "Eles consideram o uso de sua propriedade como equivalente a dinheiro a dez por cento. Estes dez por cento são por eles considerados como o lucro de sua propriedade. O dízimo disso seria um por cento, e corresponderia aproximadamente a dois centavos por semana para cada cem dólares, que os nossos irmãos, por conveniência, são unânimes em pôr de parte." TM 522 8 Assim a contribuição sistemática incorporou as ofertas voluntárias e um dízimo calculado sobre o que seria considerado uma renda justa do uso da propriedade. Em 1876, reconheceu-se que o método de calcular o dízimo consistia realmente em determinar um décimo da renda individual proveniente de qualquer fonte, e isso resultou num conceito que abrangeria um número muito maior do que os que eram donos de propriedades. Um folheto intitulado: "Doação Sistemática ou o Plano Bíblico de Sustento do Ministério", publicado em 1878, pela Associação de Publicações Adventistas do Sétimo Dia, expõe a questão concisamente, em forma de pergunta e resposta: TM 522 9 " -- Quanto devo dar para o sustento do evangelho? TM 522 10 " -- Depois de examinar meticulosamente o assunto, sob todos os aspectos, respondemos: a décima parte de toda a nossa renda." TM 522 11 Página 32. Folheto publicado pelo irmão S: Ver Apêndice, nota para a página 23. TM 522 12 Página 41. O único objeto na Terra, precioso ao coração de Deus (ver também página 49): Esta mensagem animadora, da pena de Ellen White, foi repetida por ela em diversas ocasiões posteriores: TM 522 13 "Devemos lembrar que a Igreja, enfraquecida e defeituosa como seja, é o único objeto na Terra a que Cristo concede Sua suprema consideração. Ele vela constantemente com solicitude por ela, e fortalece-a por Seu Espírito Santo." -- Manuscrito 155, 1902, 22 de Novembro de 1902, publicado em Mensagens Escolhidas 2:396. TM 522 14 "Confiai na guarda de Deus. Sua Igreja deve ser ensinada. Enfraquecida e defeituosa como é, é o objeto de Sua suprema consideração." -- Carta 279, 1904, 1 de Agosto de 1904, publicada em Mensagens Escolhidas 2:396. TM 522 15 "Coisa alguma neste mundo é tão cara a Deus como Sua Igreja. Ele guarda com zeloso cuidado aqueles que O buscam. Coisa alguma ofende tanto a Deus como os servos de Satanás se esforçarem para privar Seu povo de seus direitos. O Senhor não abandonou a Seu povo." -- Carta 136, 1910, 26 de Novembro de 1910, publicada em Mensagens Escolhidas 2:397. TM 523 1 Página 57. Eli Curtis: Em 21 de Abril de 1847, Ellen G. White remeteu uma carta para Eli Curtis, respondendo a várias perguntas que ele fizera acerca de alguns de seus conceitos teológicos. A parte principal dessa carta foi publicada por Tiago White em Maio de 1847, no opúsculo A Word to the Little Flock, 11, 12, "Uma Palavra ao Pequeno Rebanho". O Sr. Curtis também é mencionado em Mensagens Escolhidas 1:60, 61. TM 523 2 Página 58. Carta enviada ao irmão S.: Outra carta que trata desse assunto, enviada ao Sr. Caldwell, ardoroso discípulo do Sr. Stanton, e que viajou à Austrália, para levar a nova mensagem do "alto clamor" do terceiro anjo a Ellen White e solicitar o seu apoio no movimento, é publicada em Mensagens Escolhidas 2:63-71. TM 523 3 Página 64. Manifestação do Espírito Santo condenada como fanatismo: Em 1893 o Espírito de Deus foi derramado de modo especial na assembléia da Associação Geral em Battle Creek, e no colégio. Infelizmente, alguns acharam que isso era um indício de fanatismo. Ver outra alusão a essa experiência, em Mensagens Escolhidas 1:130, 131. TM 523 4 Página 76. O espírito que corria desenfreado em Mineápolis: Os antecedentes da assembléia da Associação Geral de 1888, realizada em Mineápolis, e os seus resultados, são delineados resumidamente na Introdução Histórica. Isto serve de base para melhor compreensão desta e de outras declarações em Testemunhos Para Ministros, no tocante à experiência em Mineápolis. TM 523 5 Páginas 76 e 77 A casa publicadora de Battle Creek e práticas injustas: Esta e outras declarações alusivas a essa instituição em Battle Creek devem ser lidas à luz das circunstâncias que existiram ali na década de 1890, segundo consta na Introdução Histórica. TM 523 6 Página 78. Uma instituição procurando dominar outras instituições: Chamamos a atenção do leitor para os antecedentes históricos das relações institucionais existentes no começo e na metade da década de 1890, e para as medidas que foram tomadas naquele tempo para consolidar diversas instituições adventistas do sétimo dia, incorporando-as a uma só organização atuante. TM 523 7 Página 79. Reunião de Mineápolis: Ver explicações na Introdução Histórica. TM 523 8 Página 83. Corrida de bicicleta: Ver também página 398. Em 1895, Ellen White teve uma visão do que acontecia em Battle Creek. Entre outras cenas que passaram diante dela, encontrava-se uma que dizia respeito a bicicletas usadas em corridas, e uma luta pela supremacia. Ver Testimonies for the Church 8:51, 52. Na ocasião em que foi apresentada esta cena, a bicicleta não era conhecida como um meio de transporte econômico, e, sim, como brinquedo de pessoas ricas. Bicicletas estavam sendo compradas por nossos jovens em Battle Creek, não para proverem o necessário meio de transporte para o trabalho ou a escola, mas como demonstração de superioridade, para exibição e na procura pela supremacia. Os jovens estavam comprometendo os seus rendimentos com meses de antecedência para comprar o que então era um veículo muito dispendioso para ser usado dessa maneira. Dentro de alguns anos, a bicicleta tornou-se um meio de transporte barato e útil. TM 523 9 Página 89. Luz desprezada por alguns: Ver declaração a respeito da mensagem da justiça pela fé na Introdução Histórica. TM 524 1 Página 91. Mensagem enviada por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones: Ver declaração a respeito da mensagem da justiça pela fé na Introdução Histórica. TM 524 2 Página 96. Aqueles que por anos têm resistido à luz: Ver declaração a respeito da experiência de Mineápolis na Introdução Histórica. TM 524 3 Página 117. Livro publicado pelo Pastor Haskell: A referência é a um livro intitulado: The Story of Daniel the Prophet, publicado em 1901 pelo Pastor S. N. Haskell. É um volume de 340 páginas, e constitui um breve comentário sobre as profecias de Daniel. Essa declaração da Sra. White foi escrita em 1902. Três anos depois, o Pastor Haskell publicou um livro congênere, intitulado: The Story of the Seer of Patmos, comentando o livro do Apocalipse. TM 524 4 Página 146. Sensualidade, licenciosidade e adultério: O pastor não está livre de tentações sutis. Com efeito, ele muitas vezes torna-se o alvo especial dos ataques de Satanás. A sensualidade, a licenciosidade e o adultério são apresentados entre os pecados cometidos pelos que transmitem a mensagem. Na página 153, Ellen White indica, porém, que "alguns" não eram verdadeiros. Esses trechos serão totalmente usados de modo errôneo se supusermos que a repreensão se aplica ao ministério em geral. Cumpre lembrar que houve um Judas entre os Doze. As advertências mostram que cada um pode cuidar de sua própria experiência pessoal, e assim não existirá essa condição. TM 524 5 Página 161. Institutos ministeriais: Os institutos ou cursos mencionados aí eram realizados freqüentemente no fim da década de 1880 e no começo da década de 1890, e às vezes se prolongavam por um bom período de tempo. A referência na página 401 denota que esses cursos foram necessários após a assembléia da Associação Geral de 1888, para que os nossos obreiros pudessem ser devidamente instruídos e doutrinados nas verdades que apresentavam ao povo. TM 524 6 Página 197. Receber dádivas dos gentios ou dos pagãos: Ver também páginas 202 e 203. Na última parte de 1893, o Pastor A. T. Robinson, iniciando a obra da Igreja na África do Sul e desejando conseguir um terreno para o estabelecimento de uma missão entre os nativos, combinou uma entrevista com Cecil Rhodes, primeiro-ministro da Colônia do Cabo e dirigente da Companhia Inglesa da África do Sul, que atuava em Mashonaland. Rhodes agradou-se especialmente do plano para o funcionamento de uma missão entre os nativos desse país, e passou às mãos do Pastor Robinson uma carta lacrada, que devia ser entregue ao Dr. Jemison, secretário da companhia, em Bulawayo. Os irmãos dirigiram-se a essa localidade, esperando comprar o terreno, e então ficaram sabendo que Cecil Rhodes ordenara que Jemison lhes desse toda a terra que precisassem. Escolheu-se uma gleba de doze mil acres, a qual se tornou a sede da Missão Solúsi, a primeira a ser dirigida pela denominação entre povos que não eram cristãos. O conhecimento dessa doação causou considerável preocupação entre alguns dirigentes em Battle Creek, os quais temiam que aceitá-la seria uma violação dos princípios da separação da Igreja e do Estado. Ao ser a questão debatida na assembléia da Associação Geral de 1895, tomou-se esta resolução: TM 524 7 "Não devemos, como denominação, procurar ou aceitar de qualquer governo civil, chefe, governante ou companhia privilegiada, quer sejam supremos, locais ou de outra espécie, alguma dádiva, doação ou concessão, de terras, dinheiro, crédito, privilégio especial ou outra coisa de valor, a que não tenhamos direito em comum com todas as demais pessoas devidamente habilitadas, sem qualquer referência a nossa profissão ou atividade religiosa." TM 525 1 E então vinha o seguinte: TM 525 2 "Que, de acordo com esta resolução, a Associação Geral seja autorizada a pagar uma quantia apropriada por todas as terras do governo que venham a ser adquiridas na África ou em outros lugares." -- The General Conference Bulletin, 21 de Fevereiro de 1895, p. 283. TM 525 3 A Comissão de Missões Estrangeiras ratificou esse voto, consignando o seguinte: "As terras adquiridas do governo devem ser compradas, e não recebidas como doação." Antes, porém, que essa medida pudesse ser efetivada, no dia 30 de Janeiro de 1895 Ellen G. White redigiu uma comunicação da Austrália, indicando: "Com respeito à conveniência de receber dádivas dos gentios ou dos pagãos, ... o que nos quiserem dar devemos considerar um privilégio receber." No dia seguinte, ela escreveu o artigo que aparece nas páginas 200 a 203, salientado que alguns "dirigentes" estavam "assumindo posições extremas". Em vista dessas duas comunicações de Ellen White, o voto da assembléia da Associação Geral nunca foi executado. TM 525 4 Página 200. Movimentos para pagar impostos sobre a propriedade do sanatório e do tabernáculo: Na assembléia da Associação Geral de 1893 foi votado: TM 525 5 "Considerando que, em virtude da separação que cremos deva existir entre a Igreja e o Estado, é incoerente que a Igreja receba do Estado dádivas pecuniárias, favores, isenções, por motivos religiosos, fica resolvido que repudiamos a doutrina de que a igreja ou outras propriedades eclesiásticas devam estar isentas de impostos, e fica resolvido também que usemos nossa influência para conseguir a revogação do conjunto de leis referentes a concessões e isenções." -- The General Conference Bulletin, 5 de Março de 1893, p. 475. TM 525 6 A mensagem de E. G. White, escrita em 31 de Janeiro de 1895 e que dava conselhos sobre essa questão, foi aceita pelos dirigentes da Igreja como adequada orientação no assunto de nossa relação para com o pagamento de impostos de propriedades da Igreja que estivessem isentas. TM 525 7 Página 212. Não é o plano do Senhor que tudo se centralize em Battle Creek: Ver Introdução Histórica. TM 525 8 Página 266. Retiro Rural de Saúde: Esta instituição, o segundo sanatório estabelecido entre os adventistas do sétimo dia, estava situada na Califórnia do Norte, perto de Santa Helena. Mais tarde passou a ser conhecida como Sanatório de Santa Helena, e atualmente é o Sanatório e Hospital de Santa Helena. TM 525 9 Página 280. Sistema de vai ou racha: Ver Introdução Histórica. TM 525 10 Página 291. Consolidação: Nas assembléias da Associação Geral de 1889 e 1891, votou-se consolidar os interesses da obra de publicações da denominação. TM 525 11 O plano não era somente colocar os interesses da obra de publicações em uma só organização, com sede em Battle Creek, mas também consolidar a obra educacional e a obra médica promovida pelos adventistas do sétimo dia. Ver Introdução Histórica quanto aos antecedentes das medidas nesse sentido. TM 525 12 Página 331. A presente controvérsia financeira: Essa comunicação, dirigida à assembléia da Associação Geral de 1897 e escrita em Dezembro de 1896, referia-se às propostas da campanha presidencial de William Jennings Bryan, o qual estava agitando certas medidas monetárias que ele e seus partidários julgavam ser muito promissoras. Alguns adventistas do sétimo dia envolveram-se nessas questões. Nos seus conselhos, a Sra. White salientou reiteradas vezes que nossa obra era proclamar a terceira mensagem angélica e que os adventistas do sétimo dia, como povo separado e peculiar, não deviam envolver-se em questões políticas. TM 526 1 Página 342. Atitude para com os Testemunhos: A afirmação de que alguns que permaneciam como conselheiros haviam "declarado que não receberiam os testemunhos dados" realça a situação existente nos meados da década de 1890, segundo relata a Introdução Histórica. Entretanto, na assembléia da Associação Geral de 1901, mais homens que eram firmes em sua confiança no Espírito de Profecia foram conduzidos a posições de liderança. TM 526 2 Na sessão inicial dessa assembléia, depois que Ellen White solicitou uma reorganização da obra da Igreja, A. G. Daniells, que labutara na Austrália por muitos anos e que nessa assembléia se tornaria o principal administrador da Igreja, assumiu uma posição bem clara, ao dizer: "Todos nós achamos que nossa única segurança está na obediência, seguindo nosso grande Líder. ... Se andarmos na luz que temos, avançando até onde podemos no tempo presente, Deus nos dará mais luz; Ele nos tirará da servidão e nos conduzirá a gloriosa liberdade." -- The General Conference Bulletin, 3 de Abril de 1901, p. 27. TM 526 3 Alguns líderes na obra institucional não atenderam às mensagens de advertência, exortação e conselho, e as modificações recomendadas não foram efetuadas. TM 526 4 Página 342. O presidente da Associação Geral: Em 1896, o ano em que foi escrita a mensagem dirigida aos presidentes de associações e conselheiros, e na qual Ellen White declarara: "Não é sensato escolher só um homem para Presidente da Associação Geral", os oficiais da Associação Geral consistiam de (1) um presidente, (2) um secretário correspondente e (3) um secretário registrador e tesoureiro. Nesse mesmo ano, o secretário das Missões Estrangeiras e o secretário educacional também foram incluídos entre os oficiais da Associação Geral, mas em 1901, os oficiais mencionados eram apenas o presidente, o secretário e o tesoureiro. O contexto da afirmação que Ellen White fez em 1896 torna claro que ela não tencionava ensinar que não deveria haver um presidente da Associação Geral, e, sim, conforme é declarado na página 343, que "necessita o Presidente da Associação Geral de conselheiros do caráter dos que Deus escolheu para Moisés". Nenhuma vez nos escritos de Ellen White, tanto antes do ano 1901 como depois, ela indicou que no plano de organização denominacional não deveria haver um presidente escolhido pelos delegados. Nos seus escritos, publicados ou inéditos, há numerosas referências ao presidente da Associação Geral, a suas responsabilidades e às atitudes que ele deve manifestar. TM 526 5 No ano 1902, a Comissão da Associação Geral, que na assembléia de 1901 tinha sido autorizada a organizar-se e escolher seus próprios oficiais, criou o cargo de vice-presidente da Associação Geral, e nomeou um homem para ocupá-lo. Desse tempo em diante, as responsabilidades da liderança foram assumidas por mais de um homem. Os estatutos da Associação Geral determinam que haja diversos vice-presidentes gerais e um vice-presidente de cada Divisão mundial, que são treze. TM 526 6 Página 349. A presente ordem de coisas deve mudar: Ver o que a Introdução Histórica diz a respeito das situações em Battle Creek a que a autora se refere aqui. TM 527 1 Página 359. A própria Associação Geral se está corrompendo: Ver Introdução Histórica para descobrir a configuração desta e de outras declarações fortes que aparecem nesse capítulo escrito em 1895. TM 527 2 Página 366. Uma espécie de escravidão: Ver o que a Introdução Histórica declara a respeito da situação em Battle Creek nos meados da década de 1890. TM 527 3 Página 373. O Senhor está prestes a virar e transtornar instituições: Conforme foi explicado na Introdução Histórica, algumas das instituições em Battle Creek estavam sendo administradas por homens que tinham perdido sua consagração de coração e vida. Foi enviada uma advertência após a outra, recomendando que houvesse uma mudança nos métodos que estavam sendo adotados. Houve algumas tentativas da parte de alguns membros das mesas administrativas para efetuar modificações, mas não surtiram efeito. Também não houve uma resposta favorável ao apelo da Sra. White por ocasião da assembléia da Associação Geral de 1901. Perto do fim do ano, soleníssimas advertências apareceram numa comunicação dirigida aos administradores da Review and Herald, as quais foram lidas perante a mesa administrativa em Novembro de 1901. Ellen White escreveu: TM 527 4 "Sinto um terror na alma ao ver a que situação chegou a nossa casa publicadora." -- Testimonies for the Church 8:91. TM 527 5 Na mesma página, ela declarou: "Quase fico com medo de abrir a Review, receando ver que Deus tenha purificado a casa publicadora pelo fogo." TM 527 6 Treze meses depois disso, em 30 de Dezembro de 1902, a casa publicadora foi destruída pelo fogo. Nunca se conseguiu determinar a causa, mas testemunhas oculares relatam que todo o edifício parecia ter-se incendiado quase simultaneamente. Ao ser informada dessa calamidade, Ellen White escreveu: "Não fiquei surpresa com a triste notícia, pois nas visões da noite tenho visto um anjo em pé, com uma espada como de fogo estendida sobre Battle Creek." -- Testimonies for the Church 8:97. TM 527 7 Página 374. Tomando os conselhos de homens como sendo a vontade de Deus: Ver o que a Introdução Histórica declara sobre os antecedentes da situação em Battle Creek nos meados da década de 1890, em que homens estavam se volvendo para outros homens em busca de orientação, e não para Deus. TM 527 8 Página 397. O coração da obra enfraquecido pelo desgoverno de homens: Ver o que a Introdução Histórica declara sobre os antecedentes dessa situação. TM 527 9 Página 398. Bicicletas e outras coisas desnecessárias: Ver nota para a página 83. TM 527 10 Página 400. Não colonizeis: Os interesses em Battle Creek haviam atraído muitos adventistas do sétimo dia para esse centro. Em diversas ocasiões, Ellen White aconselhou que nosso povo devia espalhar-se, e deixar brilhar sua luz. Coerentemente, no decorrer dos anos, fora dado esse conselho, advertindo contra a colonização da parte de adventistas do sétimo dia. Por outro lado, ela aconselhou os que queriam deixar Battle Creek a se acautelarem contra movimentos precipitados. Ver esses conselhos em Mensagens Escolhidas 2:361-364. TM 527 11 Página 401. Cursos ministeriais: Ver nota para a página 160. TM 527 12 Página 427. Prostituição em nossas fileiras: As palavras de Ellen White na página 404 são significativas: "Devem todos lembrar-se de que os esforços especiais de Satanás se dirigem contra o ministério." Infelizmente, alguns traíram a confiança neles depositada. As solenes mensagens que se encontram nesta seção têm servido de advertência no decorrer dos anos. Rigorosos regulamentos que agora estão em vigor, tornando impossível que o pastor que uma vez foi culpado da violação do sétimo mandamento torne a possuir as credenciais sagradas, têm sido um meio eficaz para enfrentar a situação aqui apresentada aos dirigentes da Igreja por Ellen White. TM 528 1 Página 460. Visão em Salamanca: Ver o relato dessa visão e o da apresentação de suas instruções em Life Sketches of Ellen G. White, 309-318. TM 528 2 Página 462. Referências à consolidação e confederação: Na Introdução Histórica são apresentadas as medidas que foram tomadas, a partir de 1889, para consolidar a obra de publicações e outros interesses da denominação. TM 528 3 Página 467. Preconceitos e opiniões que prevaleciam em Mineápolis: Ver os antecedentes da assembléia de Mineápolis, em 1888, na Introdução Histórica. TM 528 4 Página 468. Desprezada, difamada, ridicularizada e rejeitada: Aqui se faz referência à atitude tomada por alguns, em oposição à ênfase que foi dada à mensagem da justiça pela fé, durante e após a assembléia da Associação Geral de 1888. Para maiores informações, ver Introdução Histórica, a qual demonstra que, embora alguns houvessem tomado a atitude mencionada aqui, muitos outros aceitaram a mensagem e receberam grande bênção em sua experiência pessoal. TM 528 5 Página 469. American Sentinel: Esse periódico, publicado semanalmente pela Pacific Press, era dedicado aos interesses da liberdade religiosa. Foi o precursor da revista Liberty. TM 528 6 Página 472. As Ciladas de Satanás: Segundo é indicado no rodapé da página, esse capítulo foi publicado originariamente no ano 1884, em The Spirit of Prophecy, volume 4, escrito para a Igreja. Quando Ellen White planejou a apresentação do relato que agora constitui a "Série do Conflito dos Séculos", a qual poderia ser divulgada entre o povo em geral, ela resolveu omitir da edição ampliada de O Grande Conflito, publicada em 1888, alguns trechos escritos especialmente para a Igreja. Ela reconhecia que algumas coisas, que podiam ser ditas apropriadamente para a Igreja, não seriam tão apropriadas para os que não eram membros da Igreja. TM 528 7 Página 475. Alguém deve vir no espírito e no poder de Elias: Estas palavras têm sido erroneamente aplicadas por alguns a certo indivíduo que, segundo se supunha, apareceria com uma mensagem profética depois da vida e obra da Sra. White. Os três parágrafos que compõem esse artigo intitulado: "Deixai Que o Céu Guie", são apenas uma pequena parte de uma palestra proferida por Ellen White em Battle Creek, Michigan, na manhã de 29 de Janeiro de 1890. Quando isso foi publicado na Review and Herald, de 18 de Fevereiro de 1890, o título era: "Como Relacionar-nos com um Ponto de Doutrina Controverso." Outros trechos extraídos desse artigo e usados para preencher algumas páginas deste livro, podem ser encontrados nas páginas 23, 104, 111, 119, 158, 278 e 386. Esse artigo é reproduzido na íntegra em Mensagens Escolhidas 1:406-416, e as partes que compõem o trecho intitulado: "Deixai Que o Céu Guie", se encontram nas páginas 412 e 413. Quando é lido o artigo completo, torna-se evidente que Ellen White, nessa declaração feita pouco mais de um ano após a assembléia de Mineápolis, a um grupo em Battle Creek, estava falando de seu próprio ministério. Alguns criticavam sua obra. Note que no parágrafo anterior ao que aparece na página 475 deste livro, ela declara: TM 529 1 "Devemos chegar a uma situação em que toda divergência se dissolva. Se penso que tenho luz, cumprirei meu dever apresentando-a. Suponhamos que eu consultasse outros acerca da mensagem que o Senhor deseja que dê ao povo; a porta poderia fechar-se, de modo que a luz não alcançaria aqueles a quem Deus a enviou. Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, 'toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no Céu, e glória nas alturas. E disseram-Lhe dentre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os Teus discípulos. E, respondendo Ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.'" Lucas 19:37-40. TM 529 2 "Os judeus tentaram impedir a proclamação da mensagem que fora predita na Palavra de Deus." TM 529 3 Então ela refere-se novamente a sua própria experiência: TM 529 4 "Tinha de cumprir-se a profecia. O Senhor diz: 'Eis que Eu vos envio o profeta Elias, antes que venha o dia grande e terrível do Senhor.' Malaquias 4:5. Alguém há de vir, no espírito e poder de Elias, e quando aparecer, os homens dirão: 'O senhor é fervoroso demais, não interpreta da maneira devida as Escrituras.'" -- Mensagens Escolhidas 1:412. TM 529 5 Que Ellen White se referia a sua própria experiência também é evidenciado pelo parágrafo que vem em seguida, no qual ela declara: TM 529 6 "Direi a verdade, tal qual Deus ma dá. ..." ------------------------Testemunhos Seletos 1 TS1 5 1 Prefácio TS1 13 1 Ellen G. White TS1 21 1 Capítulo 1 -- Fé em Deus TS1 23 1 Capítulo 2 -- O preparo para o encontro TS1 27 1 Capítulo 3 -- A responsabilidade dos pais TS1 29 1 Capítulo 4 -- Guardador do irmão TS1 32 1 Capítulo 5 -- Os dois caminhos TS1 36 1 Capítulo 6 -- A esposa do pastor TS1 40 1 Capítulo 7 -- "Sê zeloso e arrepende-te" TS1 47 1 Capítulo 8 -- Jovens observadores do Sábado TS1 57 1 Capítulo 9 -- Tesouro no céu TS1 59 1 Capítulo 10 -- A sacudidura TS1 64 1 Capítulo 11 -- Deus prova seu povo TS1 66 1 Capítulo 12 -- Casas de culto TS1 68 1 Capítulo 13 -- Lições tiradas das parábolas TS1 71 1 Capítulo 14 -- Fiadores de incrédulos TS1 72 1 Capítulo 15 -- Juramentos TS1 75 1 Capítulo 16 -- Dever para com os filhos TS1 79 1 Capítulo 17 -- Nosso nome denominacional TS1 81 1 Capítulo 18 -- Inteira consagração TS1 87 1 Capítulo 19 -- Grande aflição futura TS1 92 1 Capítulo 20 -- Dever para com os pobres TS1 95 1 Capítulo 21 -- O espiritismo TS1 101 1 Capítulo 22 -- A religião na família TS1 109 1 Capítulo 23 -- Falsas idéias de santificação TS1 116 1 Capítulo 24 -- O poder de Satanás TS1 124 1 Capítulo 25 -- As duas coroas TS1 131 1 Capítulo 26 -- O futuro TS1 133 1 Capítulo 27 -- Pais e filhos TS1 140 1 Capítulo 28 -- Perigos dos jovens TS1 157 1 Capítulo 29 -- Andar na luz TS1 161 1 Capítulo 30 -- Falsos dons do espírito TS1 172 1 Capítulo 31 -- A oração de Davi TS1 174 1 Capítulo 32 -- A devida observância do Sábado TS1 176 1 Capítulo 33 -- Seguros de vida TS1 178 1 Capítulo 34 -- Saúde e religião TS1 181 1 Capítulo 35 -- Temperança cristã TS1 194 1 Capítulo 36 -- Alimentos cárneos e estimulantes TS1 198 1 Capítulo 37 -- Consciência violada TS1 203 1 Capítulo 38 -- Separação do mundo TS1 208 1 Capítulo 39 -- O verdadeiro amor TS1 212 1 Capítulo 40 -- Orações pelos enfermos TS1 217 1 Capítulo 41 -- Ardis de Satanás TS1 219 1 Capítulo 42 -- Os sofrimentos de Cristo TS1 236 1 Capítulo 43 -- Zelo cristão TS1 237 1 Capítulo 44 -- Responsabilidades dos jovens TS1 239 1 Capítulo 45 -- Uma carta de aniversário TS1 247 1 Capítulo 46 -- O engano das riquezas TS1 253 1 Capítulo 47 -- Conversão genuína TS1 256 1 Capítulo 48 -- Poluição moral TS1 264 1 Capítulo 49 -- Por que Deus reprova seu povo TS1 266 1 Capítulo 50 -- Apelo ao domínio próprio TS1 273 1 Capítulo 51 -- Reuniões de testemunhos e oração TS1 279 1 Capítulo 52 -- Como observaremos o Sábado? TS1 282 1 Capítulo 53 -- Recreação cristã TS1 285 1 Capítulo 54 -- Não há tempo de graça após a vinda de Cristo TS1 290 1 Capítulo 55 -- A santidade do Sábado TS1 293 1 Capítulo 56 -- Mentes não equilibradas TS1 297 1 Capítulo 57 -- Fidelidade nos deveres domésticos TS1 300 1 Capítulo 58 -- Pensamentos vãos TS1 302 1 Capítulo 59 -- Consideração para com os que erram TS1 305 1 Capítulo 60 -- Parábolas dos perdidos TS1 311 1 Capítulo 61 -- O trigo e o joio TS1 315 1 Capítulo 62 -- A educação ideal TS1 320 1 Capítulo 63 -- A reforma de saúde TS1 321 1 Capítulo 64 -- O perigo dos elogios TS1 322 1 Capítulo 65 -- O trabalho em favor dos que erram TS1 325 1 Capítulo 66 -- Amor e dever TS1 327 1 Capítulo 67 -- A igreja de Laodicéia TS1 334 1 Capítulo 68 -- O dever de reprovar o pecado TS1 339 1 Capítulo 69 -- Confessar ou negar a Cristo TS1 342 1 Capítulo 70 -- Os que desprezam a repreensão TS1 346 1 Capítulo 71 -- Apelo aos jovens TS1 356 1 Capítulo 72 -- O poder da oração nas tentações TS1 359 1 Capítulo 73 -- Dízimos e ofertas TS1 390 1 Capítulo 74 -- A autoridade da igreja TS1 397 1 Capítulo 75 -- O estado do mundo TS1 401 1 Capítulo 76 -- O estado da igreja TS1 404 1 Capítulo 77 -- O amor do mundo TS1 410 1 Capítulo 78 -- Presunção TS1 415 1 Capítulo 79 -- O poder do apetite TS1 425 1 Capítulo 80 -- A disciplina da provação TS1 429 1 Capítulo 81 -- "Não poderei descer" TS1 435 1 Capítulo 82 -- Biografias bíblicas TS1 443 1 Capítulo 83 -- A responsabilidade do membro da igreja TS1 450 1 Capítulo 84 -- Avançar TS1 453 1 Capítulo 85 -- Coobreiros de Cristo TS1 461 1 Capítulo 86 -- Reavivamentos sensacionalistas TS1 465 1 Capítulo 87 -- Retenção de meios TS1 473 1 Capítulo 88 -- O processo de prova TS1 481 1 Capítulo 89 -- A eficácia do sangue de Cristo TS1 484 1 Capítulo 90 -- Obediência voluntária TS1 489 1 Capítulo 91 -- Crítica aos líderes TS1 494 1 Capítulo 92 -- Santidade dos mandamentos de Deus TS1 503 1 Capítulo 93 -- Preparo para a vinda de Cristo TS1 512 1 Capítulo 94 -- Enxertado em Cristo TS1 515 1 Capítulo 95 -- Lição de humildade TS1 518 1 Capítulo 96 -- O juízo TS1 523 1 Capítulo 97 -- Embaixadores de Cristo TS1 536 1 Capítulo 98 -- O dever dos pais para com a escola TS1 539 1 Capítulo 99 -- Alunos da escola TS1 541 1 Capítulo 100 -- A santidade dos votos TS1 554 1 Capítulo 101 -- Testamentos e legados TS1 564 1 Capítulo 102 -- Relações entre os membros da igreja TS1 569 1 Capítulo 103 -- Mentes enfraquecidas TS1 573 1 Capítulo 104 -- Casamentos errados TS1 579 1 Capítulo 105 -- Obreiros fiéis TS1 582 1 Capítulo 106 -- No labirinto da dúvida TS1 585 1 Capítulo 107 -- A influência dos companheiros TS1 590 1 Capítulo 108 -- A igreja triunfará TS1 592 1 Capítulo 109 -- Simplicidade no vestuário TS1 601 1 Capítulo 110 -- A aliança TS1 602 1 Capítulo 111 -- A formação do caráter ------------------------Prefácio TS1 5 1 A presença do Espírito de Profecia é uma das duas características distintivas da igreja remanescente, segundo se acha predito no livro do Apocalipse. Desde o próprio início esse dom desempenhou um importante papel na vida dos adventistas do sétimo dia e no desenvolvimento da igreja. Por meio dele a igreja tem sido advertida, guiada, animada, bem como reprovada e corrigida. TS1 5 2 À medida que, de tempos a tempos, os Testemunhos saíam do prelo, eram ansiosamente adquiridos, seu conteúdo estudado com oração, e atendidas suas instruções. Com o decorrer dos anos, alguns desses testemunhos foram também publicados para os crentes de outras línguas além do inglês. Devemos em grande parte a essas mensagens a fortaleza, unidade e elevadas normas atuais da igreja. TS1 5 3 Agora, mediante esta edição mundial de Testemunhos Seletos, esses conselhos que têm exercido tão vasta influência são postos à disposição dos adventistas de todo o mundo. É, porém, unicamente por meio de uma seleção de escritos que os podemos publicar nesta forma condensada de fácil manuseio e ampla distribuição. TS1 5 4 Estes três volumes apresentam uma bem ponderada e completa seleção de escritos, feita por comissões capazes, de obreiros experimentados sob a direção e com a colaboração dos Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White, o instrumento por ela própria estabelecido para assumir a responsabilidade de continuar a publicação de seus escritos. Esses volumes constituem parte integrante da "Introductory Spirit of Prophecy Library" [Biblioteca Introdutória do Espírito de Profecia] -- doze volumes do Espírito de Profecia destinados a publicação oportuna nas principais línguas do mundo. TS1 5 5 Os nove volumes completos dos Testimonies for the Church compõem-se de uma série de escritos independentes entre si e cartas sobre assuntos não correlacionados. A primeira coleção, em forma de brochura, foi publicada em 1855. Seguiram-se logo outros, chegando a haver trinta e sete fascículos e livros numerados consecutivamente, publicados durante um período de cinqüenta e cinco anos. As mensagens eram de caráter tanto geral quanto específico, entremeadas de testemunhos pessoais, e tratam de problemas que outros poderiam enfrentar. TS1 6 1 Escritos, como foram, durante longo lapso de tempo, a fim de ir ao encontro das correntes necessidades da igreja, havia naturalmente considerável repetição de assunto. Entretanto, muito desses conselhos aplicava-se especialmente a condições locais e por vezes isoladas, existentes ao tempo em que foram escritos. Essa repetição de conselhos, e mensagens de importância local, conquanto de grande valor, não seria de utilidade atual para a igreja fora da América do Norte. É pois praticável e aconselhável uma escolha de escritos de aplicação geral e universal, já que o objetivo é colocar os conselhos dos Testemunhos ao alcance da igreja em todo o mundo. Fazer uma seleção assim está em perfeita harmonia com um método esboçado pela própria Sra. White em 1864, ao reeditar os primeiros dez números dos Testemunhos. A fim de tornar isso evidente, citamos sua declaração introdutória, segundo foi publicada em 1864: TS1 6 2 "Durante os últimos nove anos, de 1855 a 1864, escrevi dez fascículos, intitulados Testemunhos Para a Igreja, os quais foram publicados e postos em circulação entre os adventistas do sétimo dia. Havendo-se esgotado a primeira edição da maioria desses folhetos, e havendo crescente procura dos mesmos, foi decidido reeditá-los, tais como aparecem nas páginas seguintes, omitindo assuntos locais e pessoais, e dando apenas as partes de prático e geral interesse e importância." -- Testimonies for the Church Números Um a Dez, segundo foram reeditados em Spiritual Gifts, vol. 4. TS1 6 3 Se bem que posteriores edições em inglês contivessem a apresentação completa dos primitivos folhetos, esses princípios enunciados pela Sra. White serviram-nos de guia ao preparar esta edição mundial dos Testemunhos. TS1 7 1 Os Testemunhos Para a Igreja publicados em inglês, continham 4.737 páginas. Há 1.500 páginas de texto nestes três volumes de seleções, ou cerca de um terço do conteúdo dos nove volumes. Houve esforço para incluir todos os artigos aparecidos nos dois volumes básicos, de Testemunhos Seletos, publicados noutras línguas que não a inglesa -- a edição de dois volumes de 650 páginas publicada na Europa Central e a edição de três volumes de 1.100 páginas publicadas em algumas das línguas latinas. Em alguns casos em que escritos similares nas seleções acima citadas dariam em resultariam uma duplicata ou aproximada repetição do assunto nesta série de três volumes ou nas séries do "Introductory Spirit of Prophecy Library", esses escritos foram omitidos. TS1 7 2 Em regra geral os escritos são usados na íntegra. Em alguns casos, porém, para ganhar espaço e assim abrir o caminho para uma ampla seleção da matéria, são omitidas algumas partes de escritos longos. Em todos os casos são indicadas no texto as omissões. Além dos escolhidos, foram tirados de outros capítulos alguns parágrafos destacados que apresentam pontos vitais da verdade. Nesses casos, é sempre claramente indicada a fonte original dos mesmos. Foram também incluídos alguns importantes artigos sobre a natureza de um testemunho, que tratam de assuntos vitais não apresentados nos Testemunhos, mas que aparecem em alguma parte nas edições em inglês dos livros de E. G. White não encontrados noutras línguas. TS1 7 3 Os textos seguem em sua ordem cronológica, tal como aparecem na série completa de nove volumes, com exceção de alguns casos em que parece aconselhável novo arranjo a fim de abrir convenientemente os três volumes. Foram acrescentados subtítulos e, em alguns casos, parágrafos longos foram divididos. Adotaram-se maneiras modernas de pontuação e ortografia, mas não houve nenhum acréscimo nem mudança do texto. A data da primeira publicação, juntamente com a origem do escrito e seu título original, caso haja sido feita mudança no mesmo, são dados como notas marginais, em cada caso. TS1 8 1 Em alguns casos, bem poucos, as referências tornadas obscuras devido a haverem sido omitidos capítulos anteriores, são esclarecidas por notas explicativas. Observar-se-á que nos testemunhos pessoais, o nome das pessoas envolvidas não aparece, sendo usadas em vez dele as iniciais "A", "B", "C", etc. Essa inicial empregada não tem nenhuma referência ao nome da pessoa a quem a mensagem foi dada. TS1 8 2 Esses volumes em inglês não se destinam a substituir a série completa de nove volumes de Testimonies for the Church. Esta edição será sempre grandemente procurada, como padrão que é. Os Testemunhos Seletos (Testimony Treasures no inglês), entretanto, hão de ampliar grandemente a disseminação de importantes conselhos dos Testemunhos, pondo-os ao alcance dos leitores nos Estados Unidos e no estrangeiro, em forma conveniente e menos dispendiosa. TS1 8 3 Assim que esses volumes estiverem prontos noutras línguas, levarão as valiosas mensagens -- testemunhos de advertência e animação -- aos lares adventistas do sétimo dia através do mundo. A uniformidade do conteúdo destes Testemunhos Seletos, segundo vão ser publicados em todas as línguas, trará grandes vantagens para o povo de Deus, que tem um só interesse, objetivo, fé e esperança em todo o mundo. Que este conselho, vital para o bem-estar da igreja, seja eficaz no "aperfeiçoamento dos santos" e na "edificação do corpo de Cristo", eis a fervorosa oração da Comissão da Associação Geral, dos editores e Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Ellen G. White Breves Traços Biográficos TS1 13 1 Ellen G. White e sua irmã gêmea nasceram em 26 de Novembro de 1827, em Gorham, próximo a Portland, Maine, no norte da Nova Inglaterra, Estados Unidos. Aos nove anos de idade, Ellen foi vítima de um acidente -- uma pedra impensadamente atirada por uma colega de escola. O grave dano que isso lhe causou no rosto esteve a ponto de custar-lhe a vida, e deixou-a muito debilitada. Não tardou a demonstrar-se que ela se achava fisicamente incapaz de continuar os estudos. TS1 13 2 Com a idade de onze anos, enquanto assistia a uma reunião campal metodista, com seus pais, Robert e Eunice Harmon, Ellen entregou o coração a Deus. Pouco depois disso, foi batizada por imersão, no mar, sendo recebida como membro da igreja metodista. Juntamente com outros membros de sua família, assistiu às reuniões adventistas em Portland, as quais começaram em 1840. Aceitou plenamente os pontos de vista da proximidade do segundo advento de Cristo apresentados por Guilherme Miller e seus companheiros, e esperou confiantemente a iminente volta do Salvador. TS1 13 3 A severidade do grande desapontamento de 22 de Outubro de 1844, não foi diminuída pela juventude de Ellen. Ela, juntamente com outros, buscou fervorosamente a Deus pedindo luz e guia nos dias cheios de perplexidade que se seguiram. Uma manhã, em Dezembro de 1844, enquanto orava juntamente com quatro senhoras, repousou sobre ela o poder de Deus. A princípio, ficou alheia às coisas terrenas; depois, em uma revelação figurativa, testemunhou as viagens do povo do advento para a cidade de Deus. Foi-lhe mostrada também a recompensa dos fiéis. Tremente, a jovem de dezessete anos relatou a seus companheiros de crença em Portland, essa e as subsequentes visões. Depois, à medida que se oferecia oportunidade, repetiu-as, aos grupos de adventistas no Maine e Estados circunvizinhos. TS1 14 1 Em Agosto de 1846, Ellen Harmon uniu-se em matrimônio a Tiago [James] White, jovem pastor adventista. Durante os trinta e cinco anos que se seguiram, a vida da Sra. White esteve intimamente ligada a de seu esposo em ativa obra evangélica, até à morte dele, em 6 de Agosto de 1881. Eles viajaram longamente pelos Estados Unidos, pregando e escrevendo, plantando e construindo, organizando e administrando. O tempo e as provas têm demonstrado quão vastos e firmes foram os fundamentos por eles lançados, e quão sabiamente e bem eles construíram. Foram eles que encabeçaram entre os observadores do sábado a obra de publicações, inaugurando-a em 1849 e 1850, e o desenvolvimento da organização da igreja com um sadio sistema de financiamento eclesiástico, na última metade do século dezenove. Essa ação diretiva chegou à sua culminância com a organização da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, em 1863. A metade dessa década foi assinalada pelo início de nossa obra médica, e a grande obra educacional da denominação teve seu começo no princípio da década dos setenta. O plano das reuniões campais anualmente surgiu em 1868, e em 1874 enviaram os adventistas do sétimo dia seu primeiro missionário saído dos Estados Unidos para o estrangeiro. TS1 14 2 Como guia em todos esses progressos, bem como no pleno desenvolvimento e operação desses ramos de atividade, achavam-se as mensagens de conselho, instrução e animação advindos à igreja em discursos orais e escritos pela pena infatigável de Ellen G. White. A princípio, as comunicações feitas à igreja chegavam aos membros mediante cartas individuais, ou artigos publicados em Present Truth (Verdade Presente). Então, em 1851, a Sra. White publicou seu primeiro livro, obra de sessenta e quatro páginas, intitulada: A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White. A começar de 1855, foi publicada uma série de folhetos numerados, levando cada um o título de Testemunhos Para a Igreja. Proporcionaram mensagens de instrução e correção que, de tempos em tempos, Deus desejou enviar a fim de beneficiar, reprovar e guiar Seu povo. Para satisfazer a contínua procura dessas instruções, foram publicados novamente os folhetos em 1885, em quatro volumes encadernados, que, com o acréscimo de outros volumes, aparecidos de 1889 a 1909, constituíram a série de nove volumes dos Testemunhos Para a Igreja. TS1 15 1 Se bem que muito de seu tempo fosse gasto em viagens e atividades públicas, o Pastor White e sua esposa residiram na costa leste dos Estados até 1855. Durante os dezessete anos seguintes, fixaram residência no Estado de Michigan. De 1872 ao tempo da morte do Pastor White, em 1881, moraram em grande parte na Califórnia. Conquanto nunca fosse muito forte, a Sra. White, pela meia-idade, desfrutava boa saúde. TS1 15 2 Nasceram aos White quatro filhos. O mais velho, Henrique, viveu até à idade de dezesseis anos, e o mais novo Herbert, faleceu com três meses. Os dois rapazes do meio, Edson e William, alcançaram a maturidade, e ambos se empenharam ativamente na obra da denominação adventista. TS1 15 3 Em resposta à solicitação da Associação Geral, a Sra. White foi à Europa no verão de 1885. Ali passou dois anos, confirmando a obra recentemente desenvolvida naquele continente. Estabelecendo-se em Basiléia, na Suíça, ela viajou longamente pela Europa do sul, do norte e pelo centro, assistindo às reuniões gerais da igreja e pondo-se em contato com os crentes em suas congregações. Passou então quatro anos nos Estados Unidos, e em 1891, atendendo ao chamado da Associação Geral, navegou para a Austrália. Ali residiu ela por nove anos, ajudando como pioneira da obra, bem como no seu desenvolvimento, especialmente nos ramos de educação e saúde. A Sra. White regressou aos Estados Unidos em 1900, fixando-se na costa oeste, em Santa Helena, Califórnia, até sua morte, em 1915. TS1 15 4 Durante todo o seu tempo de atividade, a influência da Sra. White foi experimentada nas fileiras dos adventistas do sétimo dia. Ela visitava as igrejas, tomava parte nas sessões da Associação Geral e, quando possível, nas assembléias locais, chamadas reuniões campais. Freqüentemente esse trabalho a levava de uma a outra dessas reuniões, durante todo um período, dirigindo-se aos membros da igreja e vastas reuniões do público em geral. TS1 16 1 Por várias décadas apareciam regularmente artigos de sua autoria nas revistas da denominação. Essas inspiradas mensagens semanais exerciam uma influência tranqüila, mas grandemente modeladora. De tempos a tempos, saíam do prelo os seus livros, para serem ansiosamente lidos e relidos. A tarefa de pôr diante da igreja e do mundo as instruções e informações que lhe haviam sido comunicadas por meio de visões, foi obra de toda a sua vida. As visões continuaram sempre através de sua existência. Entre estas, uma das primeiras foi, em 1858, a visão básica e de grande alcance de O Grande Conflito. Dentro de seis meses desde a revelação, estava pronta a matéria para o público, na forma do pequeno livro Spiritual Gifts, vol. 1 -- The Controversy Between Christ and His Angels, and Satan and His Angels. [Primeiros Escritos, Seção 3.] Em muitas visões subseqüentes, a narração do grande conflito foi desenrolada em mais pormenores, e a Sra. White tornou a escrevê-la, primeiramente nas décadas dos setenta e dos oitenta, nos quatro volumes do Spirit of Prophecy, e posteriormente nos volumes da série "O Grande Conflito" -- Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos e O Grande Conflito. Outras obras da pena da Sra. White que têm exercido vasta influência são A Ciência do Bom Viver, Parábolas de Jesus, Educação, O Maior Discurso de Cristo, e diversos volumes dedicados a ramos especiais de conselhos, como Obreiros Evangélicos, O Colportor-Evangelista, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, etc. A bem conhecida obra Caminho a Cristo, tem sido lida por milhões em mais de uma centena de línguas. TS1 16 2 Em 1909, a Sra. White, com a idade de oitenta e um anos, assistiu à sessão da Associação Geral, realizada em Washington, D.C. Esta foi sua última viagem transcontinental. Os cinco anos que se sucederam foram consagrados ao preparo de artigos para as revistas da denominação e a publicação de seus livros. Próximo ao fim de sua vida, ela declarou: "Seja ou não poupada a minha vida, meus escritos falarão constantemente e sua obra prosseguirá enquanto o tempo durar." -- Writing and Sending Out of the Testimonies for the Church, 12, 13. TS1 17 1 Se bem que a Sra. White permanecesse ativa em trabalhos literários até princípios de 1915, durante os últimos três anos de sua vida não trabalhou sob a grande preocupação de escrever que caracterizara sua obra através dos longos anos de sua existência. Com invencível coragem e plena confiança em seu Redentor, adormeceu em sua residência, no dia 16 de Julho de 1915, sendo posta a descansar ao lado do esposo e dos filhos no Oak Hill Cemetery, em Battle Creek, Michigan. TS1 17 2 Os adventistas do sétimo dia compreenderam e compreendem ainda hoje, que o ministério da Sra. White como "mensageira do Senhor" é o cumprimento da profecia de Apocalipse 12:17; Apocalipse 19:10, de que a igreja remanescente, os "que guardam os mandamentos de Deus", deveria ter o "testemunho de Jesus" -- "o Espírito de Profecia". Eles vêem em sua obra o dom de profecia de que Paulo fala em Efésios 4:9-13, posto na igreja juntamente com outros dons para "o aperfeiçoamento dos santos" e "edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé". TS1 17 3 As revelações que lhe foram dadas através de sua longa vida estão em harmonia com os meios designados por Deus, segundo declarou a Israel: "Se entre vós houver profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele Me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele." Números 12:6. Sua obra foi, em sua natureza, muito semelhante à do guia do antigo Israel, de quem se acha registrado em Oséias 12:3: "Mas o Senhor por meio dum profeta fez subir a Israel do Egito e por um profeta foi ele guardado." TS1 17 4 A Sra. White era conhecida pelos vizinhos e amigos como cristã fervorosa e pia. Em busca de uma apreciação de sua vida e obra, tal como era conhecida pelos que a rodeavam, volvemo-nos para o American Biographical History, onde achamos a declaração: TS1 17 5 "A Sra. White é uma mulher de mentalidade singularmente bem equilibrada. Predominam em seus traços a benevolência, a espiritualidade, e conscienciosidade e o idealismo. Suas qualidades pessoais são de molde a granjear-lhe as mais fervorosas amizades entre todos aqueles com quem entra em contato, e a inspirar-lhes a maior confiança em sua sinceridade. ... Não obstante seus muitos anos de atividades públicas, tem conservado toda a simplicidade e honestidade que lhe caracterizou o princípio da vida. TS1 18 1 "Como oradora, a Sra. White é uma das mais bem-sucedidas entre as poucas senhoras que se têm distinguido como conferencistas neste país, durante os últimos vinte anos. O contínuo uso lhe tem por tal forma fortalecido os órgãos vocais, que lhe dão à voz rara profundidade e potência. A clareza e força de articulação são tão grandes que, falando ao ar livre, ela tem sido com freqüência distintamente ouvida a quilômetro e meio de distância. Sua linguagem, conquanto simples, é sempre forte e elegante. Quando inspirada pelo assunto, é muitas vezes maravilhosamente eloqüente, mantendo os maiores auditórios fascinados por horas, sem um sinal de impaciência nem fadiga. TS1 18 2 "O tema de seus discursos é sempre de natureza prática, tratando principalmente dos deveres domésticos, da educação religiosa das crianças, da temperança e assuntos congêneres. Nas ocasiões de reavivamento, é ela sempre a oradora de maior eficácia. Tem falado freqüentemente sobre seus temas favoritos, a auditórios imensos, nas maiores cidades, sendo sempre recebida com grande simpatia. Uma ocasião, em Massachusetts, vinte mil pessoas a escutaram, com a máxima atenção, por mais de uma hora. TS1 18 3 "A Sra. White é autora de numerosas obras de ampla circulação. Seus escritos caracterizam-se pela mesma simplicidade e natureza prática por que se destacam os seus discursos. Discorrem sobre a vida familiar de maneira a atrair a atenção do leitor sincero, e não podem deixar de instruir nos solenes deveres da vida prática." -- American Biographical History of Eminent and Self-Made Men of the State of Michigan, 108. TS1 18 4 A Sra. White era, por seus coobreiros, pela igreja e membros de sua família, estimada e honrada como mãe dedicada, bem como sincera, generosa e infatigável obreira religiosa. Ela nunca ocupou cargo oficial na igreja. Nunca pediu aos outros que olhassem para ela, nem usou jamais seu dom para se firmar em popularidade, ou financeiramente. Sua vida, e tudo quanto possuía, eram dedicados à causa de Deus. TS1 19 1 Por ocasião de sua morte, o redator de uma revista popular concluiu os comentários que fizera sobre sua existência frutífera, com as seguintes palavras: "Ela era absolutamente sincera em sua crença nas revelações que tivera. Sua vida foi digna dessas revelações. Não manifestava orgulho espiritual, e não buscava lucros vis. Viveu a vida e fez a obra de uma digna profetisa." -- The Independent, 23 de Agosto de 1915. TS1 19 2 Para mais minuciosas informações sobre a vida e obra da Sra. White, indicamos ao leitor o livro Vida e Ensinos, de Ellen G. White. Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Fé em Deus TS1 21 1 Quando em Battle Creek, Michigan, em 5 de Maio de 1855, vi que havia grande falta de fé por parte dos servos de Deus, bem como da igreja. Ficavam muito facilmente desanimados, eram demasiado inclinados a duvidar de Deus, muito dispostos a crer que tinham uma dura sorte e que Deus os abandonara. Vi que isto era cruel. Deus os amara a ponto de dar Seu bem-amado Filho para morrer por eles, e todo o Céu estava interessado na sua salvação; todavia, depois de tudo quanto por eles fora feito, era-lhes difícil crer e confiar em tão bondoso e benigno Pai. Ele disse que está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem, do que os pais terrestres o estão para fazer boas dádivas a seus filhos. Vi que os servos de Deus e a igreja desanimavam muito facilmente. Quando pediam ao Pai do Céu coisas que julgavam necessitar, e estas não vinham imediatamente, a fé lhes vacilava, fugia-lhes o ânimo, e deles se apoderava um sentimento de queixa. Isso, vi, desagradava a Deus. TS1 21 2 Todo santo que se aproximar de Deus com coração verdadeiro, dirigindo-Lhe com fé suas sinceras petições, verá suas orações atendidas. Vossa fé não deve largar as promessas de Deus, caso não vejais ou sintais a imediata resposta a vossas orações. Não temais confiar em Deus. Descansai em Sua firme promessa: "Pedi, e recebereis." João 16:24. Deus é demasiado sábio para errar, e demasiado bom para negar qualquer coisa boa a Seus santos, que andam na retidão. O homem é falível, e embora suas orações sejam dirigidas ao alto por um coração sincero, nem sempre pede aquilo que lhe convém, ou que seja para a glória de Deus. Assim sendo, nosso sábio e bom Pai ouve nossas orações e, por vezes, responderá imediatamente; dá-nos, porém, aquilo que é para nosso máximo bem e Sua própria glória. Deus nos dá bênçãos; caso nos fosse possível penetrar Seus planos, veríamos claramente que Ele sabe o que é melhor para nós, e que nossas orações são atendidas. Não nos é concedida coisa alguma que seja prejudicial, mas a bênção de que necessitamos, em lugar daquilo que pedimos e que não nos faria bem, mas mal. TS1 22 1 Vi que, se não recebermos resposta imediata a nossas orações, devemos ater-nos firmemente a nossa fé, não permitindo que penetre a desconfiança, pois isto nos separará de Deus. Se nossa fé vacilar, nada receberemos dele. Forte deve ser a confiança que temos em Deus; e quando mais dela necessitarmos, a bênção, qual chuveiro, cairá sobre nós. TS1 22 2 Quando os servos de Deus oram por Seu Espírito e Sua bênção, estes vêm por vezes imediatamente; mas nem sempre é concedida então. Em tais ocasiões, não desfaleçais. Apegue-se vossa fé com firmeza à promessa de que ela virá. Esteja vossa confiança plenamente em Deus, e muitas vezes essa bênção virá quando mais dela necessitardes, e recebereis inesperadamente auxílio de Deus ao estardes apresentando a verdade a incrédulos, e sereis habilitados a falar a palavra com clareza e poder. TS1 22 3 Isto me foi representado como crianças que pedem um favor a seus pais terrestres, que os amam. Pedem alguma coisa que os pais sabem que lhes fará mal; dão-lhes então aquilo que será para seu bem, em lugar daquilo que desejavam. Vi que toda oração elevada ao Céu com fé, por um coração sincero, será ouvida por Deus, e aquele que dirige a petição terá a bênção quando mais dela necessitar, e excedendo ela muitas vezes a suas expectativas. Não se perderá nem uma oração feita por um santo fiel se feita com fé, por um coração sincero. ------------------------Capítulo 2 -- O preparo para o encontro TS1 23 1 Vi que não devemos retardar a vinda do Senhor. Disse o anjo: "Preparai-vos, preparai-vos para o que há de vir sobre a Terra. Correspondam vossas obras à fé que professais." Vi que a mente deve estar firme em Deus, e que nossa influência deve testemunhar de Deus e Sua verdade. Não podemos honrar o Senhor quando somos descuidosos e indiferentes. Não O podemos glorificar quando estamos desalentados. Cumpre-nos ser sinceros para assegurar a salvação da própria alma, e para salvar a outros. Devemos dar a isto toda a importância, e tudo mais deve vir em segundo lugar. TS1 23 2 Vi a beleza do Céu. Ouvi os anjos cantarem seus cânticos arrebatadores, rendendo louvor, honra e glória a Jesus. Pude então avaliar alguma coisa do assombroso amor do Filho de Deus. Ele abandonou toda a glória, toda a honra que tinha no Céu, e tão interessado estava em nossa salvação, que suportou paciente e mansamente toda a indignidade e desprezo que o homem sobre Ele pôde amontoar. Foi ferido, machucado, moído; foi estendido na cruz do Calvário, e sofreu a mais angustiosa das mortes, para que da morte nos salvasse; para que fôssemos lavados em Seu sangue, e ressuscitados para viver com Ele nas mansões que está preparando para nós, e pudéssemos desfrutar a luz e a glória do Céu, ouvir os anjos cantarem, e com eles cantarmos também. TS1 23 3 Vi que todo o Céu está interessado em nossa salvação; e seremos nós indiferentes? Seremos descuidosos, como se fosse coisa de pouca importância o sermos salvos ou perdidos? Menosprezaremos o sacrifício feito por nós? Alguns assim têm feito. Têm brincado com a misericórdia que lhes é oferecida, e o desagrado de Deus está sobre eles. O Espírito de Deus não será para sempre ofendido. Retirar-Se-á, caso seja ofendido por um pouco mais de tempo. Depois de ter sido feito tudo quanto Deus podia fazer para salvar os homens, caso eles mostrem por sua vida que menosprezam a oferecida misericórdia de Jesus, a morte será o quinhão deles. Será uma terrível morte; pois terão de sofrer a angústia sentida por Cristo, na cruz, a fim de adquirir para eles a redenção que recusaram. E compreenderão aí o que perderam -- a vida eterna, a herança imortal. O grande sacrifício feito para salvar almas, mostra-nos o valor delas. Uma vez perdida a preciosa alma, está perdida para sempre. O anjo com as balanças TS1 24 1 Vi um anjo com balanças na mão, pesando os pensamentos e interesses do povo de Deus, especialmente dos jovens. Num prato estavam os pensamentos e interesses que tendiam para o Céu; no outro achavam-se os que se inclinavam para a Terra. E nessa balança era lançada toda leitura de livros de histórias, pensamentos acerca do vestuário e exibição, vaidade, orgulho, etc. Oh! que momento solene! Os anjos de Deus em pé com balanças, pesando os pensamentos de Seus professos filhos -- aqueles que pretendem estar mortos para o mundo e vivos para Deus! O prato cheio dos pensamentos da Terra, vaidade e orgulho, desceu rapidamente, e não obstante peso após peso rolou do prato. O que continha os pensamentos e interesses que se voltavam para o Céu subiu ligeiro enquanto o outro descia e, oh! quão leve estava ele! Posso relatar isso pelo que vi, mas nunca poderei dar a impressão solene e vívida gravada em minha mente, ao ver o anjo com a balança pesando os pensamentos e interesse do povo de Deus. Disse o anjo: "Podem esses entrar no Céu? Não, não, nunca. Diga-lhes que a esperança que agora possuem é vã, e a menos que se arrependam depressa e obtenham a salvação, hão de perecer." TS1 24 2 Uma forma de piedade não salvará ninguém. Todos devem possuir profunda e viva experiência. Unicamente isto os salvará no tempo de angústia. Então será provada de que espécie é sua obra; e se ela for ouro, prata e pedras preciosas, eles serão ocultos na fortaleza do Senhor. Mas, se sua obra for madeira, feno ou palha, coisa alguma os poderá proteger do furor da ira de Jeová. TS1 25 1 Dos jovens, bem como dos de mais idade, será exigida uma razão da esperança que têm. Mas a mente destinada por Deus para coisas melhores, formada para servi-Lo perfeitamente, tem-se fixado em coisas destituídas de senso, em vez de nos interesses eternos. A mente que é deixada a vaguear aqui e ali está tão apta a compreender a verdade, a prova bíblica da observância do sábado e o verdadeiro fundamento da esperança cristã, como a estudar a aparência, as maneiras, o vestuário, etc. E os que dão rédea solta à mente para divertir-se com histórias tolas e contos ociosos, alimentam a imaginação, mas o brilho da Palavra de Deus lhes fica eclipsado. A mente é desviada diretamente de Deus. É destruído o interesse em Sua preciosa Palavra. Nosso livro-guia TS1 25 2 Foi-nos dado um livro para nos guiar os pés através dos perigos deste mundo escuro, em direção ao Céu. Diz-nos como podemos escapar da ira de Deus, e conta-nos também os sofrimentos de Cristo por nós, o grande sacrifício feito a fim de sermos salvos e desfrutarmos para sempre a presença do Senhor. E se alguém estiver em falta afinal, tendo ouvido a verdade como tem ouvido nesta terra esclarecida, será sua própria culpa; será indesculpável. A Palavra de Deus diz-nos como nos podemos tornar cristãos perfeitos, e escapar às sete últimas pragas. Mas eles não tiveram nenhum interesse em verificar isto. Outras coisas lhes distraíam a mente, acariciaram ídolos, e a santa Palavra de Deus foi negligenciada e desprezada. Por professos cristãos Deus foi considerado de pouca importância, e quando Sua santa Palavra os julgar no derradeiro dia, serão encontrados em falta. Essa Palavra que eles negligenciaram por tolos livros de histórias, lhes servirá de prova para a existência. Ela é a norma; seus motivos, palavras e obras, e a maneira por que empregam o tempo, serão todos comparados com a Palavra de Deus escrita; e se estiverem em falta então, seus casos estarão decididos para sempre. Nosso único modelo TS1 26 1 Vi que muitos se comparam entre eles mesmos, e comparam sua vida com a de outros. Não deve ser assim. Ninguém, senão Cristo, nos é dado como exemplo. Ele é nosso verdadeiro modelo, e todos devem esforçar-se por imitá-Lo. Ou somos coobreiros de Cristo, ou coobreiros do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. Ou somos cristãos decididos, de todo o coração, ou nada somos. Diz Cristo: "Oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apocalipse 3:15, 16. TS1 26 2 Vi que muitos mal sabem ainda o que seja abnegação ou sacrifício, ou o que seja sofrer por amor da verdade. Mas ninguém entrará no Céu sem fazer algum sacrifício. Cumpre cultivar o espírito de abnegação e sacrifício. Alguns não se sacrificaram a si mesmos, a seu corpo, sobre o altar de Deus. Condescendem com o temperamento caprichoso, impulsivo, satisfazem os próprios apetites e cuidam dos próprios interesses egoístas, sem consideração para com a causa de Deus. Os que estiverem dispostos a fazer qualquer sacrifício pela vida eterna, tê-la-ão; e vale a pena que soframos por sua causa, que por ela crucifiquemos o próprio eu, e sacrifiquemos todo ídolo. O excelente peso eterno de glória absorve tudo, e eclipsa todo prazer terreno. ------------------------Capítulo 3 -- A responsabilidade dos pais TS1 27 1 Vi que grande responsabilidade pesa sobre os pais. Eles não devem ser dirigidos pelos filhos, mas dirigi-los a eles. Foi-me apresentado Abraão. Ele foi fiel em sua casa. Ordenou sua casa depois dele, e isto foi lembrado por Deus. TS1 27 2 Foi-me então mostrado o caso de Eli. Ele não restringiu seus filhos, e eles se tornaram ímpios e vis, e por sua impiedade, desviaram a Israel. Havendo Deus dado a conhecer a Samuel os pecados deles, e a severa maldição que se devia seguir porque Eli não os reprimiu, disse que seus pecados não seriam nunca expiados com sacrifício nem oferta. Ao contar-lhe Samuel o que o Senhor lhe mostrara, Eli submeteu-se, dizendo: "É o Senhor, faça o que bem Lhe aprouver." 1 Samuel 3:18. Seguiu-se em breve a maldição de Deus. Aqueles ímpios sacerdotes foram mortos, e mortos foram também trinta mil dentre Israel, e a arca de Deus foi tomada pelos inimigos. E ao ouvir Eli que a arca de Deus fora tomada, caiu para trás e morreu. Todo esse mal veio em resultado da negligência de Eli em restringir seus filhos. Vi que se Deus foi tão exigente em observar essas coisas antigamente, não o será menos nestes últimos dias. TS1 27 3 Os pais devem governar os filhos, corrigir-lhes as paixões e subjugá-las, do contrário Deus seguramente destruirá os filhos no dia de Sua ardente ira, e os pais que não controlaram os filhos não ficarão sem culpa. Especialmente os servos de Deus devem governar a própria família, mantendo-a em boa sujeição. Vi que eles não estão habilitados para julgar ou decidir os negócios da igreja, a menos que possam governar bem a própria casa. Devem ter primeiro ordem em casa, e então seu juízo e influência terão peso na igreja. TS1 28 1 Vi que a razão por que as visões não têm sido mais freqüentes nos últimos tempos, é que não têm sido apreciadas pela igreja. A igreja quase perdeu sua espiritualidade e fé, e as reprovações e advertências não têm exercido sobre eles senão um pequeno efeito. Muitos dos que têm professado ter fé nelas, não as têm atendido. TS1 28 2 Alguns têm tomado direção desavisada; ao falarem de sua fé aos incrédulos, e ser-lhes pedida a prova da mesma, têm lido uma visão, em lugar de se voltarem para a Bíblia em busca de prova. Vi que esse proceder era incoerente, e suscitava nos incrédulos preconceitos contra a verdade. As visões não podem ter peso para os que nunca as viram, e nada sabem do espírito das mesmas. Não devemos a elas nos referir, em casos tais. ------------------------Capítulo 4 -- Guardador do irmão TS1 29 1 Em 20 de Novembro de 1885, enquanto me achava em oração, o Espírito do Senhor veio súbita e poderosamente sobre mim, e fui arrebatada em visão. TS1 29 2 Vi que o Espírito do Senhor tem estado a extinguir-Se na igreja. Os servos de Deus têm confiado demasiado na força do argumento, e não têm mantido em Deus aquela firme confiança que deveriam ter. Vi que a mera discussão sobre a verdade não levará as almas a decidir colocar-se ao lado dos remanescentes; pois a verdade é impopular. Os servos de Deus devem ter a verdade na alma. Disse o anjo: "Eles a devem receber com o calor da glória, levá-la no próprio seio, e derramá-la com calor e zelo de alma para os que a ouvem." Uns poucos, que são conscienciosos, estão prontos a decidir segundo o peso da evidência; mas é impossível mover a muitos por meio de uma simples teoria da verdade. Preciso é que ela seja acompanhada de poder, um testemunho vivo a impulsioná-los. TS1 29 3 Vi que o inimigo está ocupado em destruir almas. A exaltação tem penetrado nas fileiras; importa que haja mais humildade. Há demasiada condescendência com a independência de espírito entre os mensageiros. Isto tem que ser posto de lado, e cumpre que os servos de Deus se unam mais uns aos outros. Tem havido muito do espírito que indaga: "Sou eu guardador do meu irmão?" Gênesis 4:9. Disse o anjo: "Sim, tu és o guardador de teu irmão. Deves ter por teu irmão vigilante cuidado, estar interessado em seu bem-estar, e nutrir para com ele um bom e amorável espírito. Avançai juntos, avançai juntos." É desígnio de Deus que os homens tenham o coração aberto e sincero, sem presunção, manso e humilde, com simplicidade. Esse é o princípio do Céu; assim o ordenou Deus. Mas o homem, frágil e pobre, buscou algo diferente -- seguir seu próprio caminho, e atender cuidadosamente a seu próprio interesse. TS1 30 1 Indaguei do anjo por que a simplicidade fora excluída da igreja, e nela haviam penetrado o orgulho e a exaltação. Vi que esta foi a razão de quase havermos sido entregues à mão do inimigo. Disse o anjo: "Olha e vê que predomina este sentimento: Sou eu guardador do meu irmão?" E outra vez ele disse: "Tu és o guardador do teu irmão. Tua profissão, tua fé, exige que te negues a ti mesmo e sacrifiques a Deus, ou serás indigno da vida eterna; pois muito caro foi ela para ti comprada, isto é, pela angústia, os sofrimentos e o sangue do amado Filho de Deus." Algemados por posses terrenas TS1 30 2 Vi que muitos, em vários lugares, no leste e no oeste, estavam ajuntando sítio a sítio, e terra a terra, e casa a casa, fazendo da causa de Deus uma desculpa, dizendo que assim fazem para que possam ajudar a causa. Algemam-se a si mesmos de maneira que não podem ser senão de pouco préstimo à causa de Deus. Alguns compram um pedaço de terra, e trabalham com todas as suas forças para pagá-lo. Seu tempo é tão ocupado, pouco é o que dele podem reservar para oração, e servir a Deus, e dele obter forças a fim de vencer suas tentações. Acham-se endividados, e quando a causa necessita de seu auxílio, não a podem ajudar; pois devem livrar-se primeiro da dívida. Mas tão depressa se vêem livres de uma dívida, estão mais longe de ajudar a causa do que antes: pois novamente se envolvem num acréscimo de sua propriedade. Lisonjeiam-se a si mesmos de que esta orientação é correta, de que empregarão o proveito na causa, quando na realidade estão é ajuntando tesouros aqui. Amam a verdade em palavras, mas não por obra. Amam a obra apenas tanto quanto suas obras o demonstram. Amam mais o mundo, e menos a causa de Deus; a atração do terrestre se fortalece, enquanto a do Céu enfraquece. O coração deles está com seu tesouro. Por seu exemplo dizem aos que os rodeiam que pretendem demorar-se aqui, que a Terra é a sua pátria. Disse o anjo: "Tu és o guardador do teu irmão." TS1 31 1 Muitos se têm envolvido em despesas desnecessárias, unicamente para satisfazer os sentimentos, o gosto e os olhos, quando a causa precisava dos próprios recursos que eles usavam, e quando alguns dos servos de Deus andavam mal trajados, e tinham o seu trabalho entravado por falta de recursos. Disse o anjo: "Em breve passará o seu tempo de ação. Suas obras mostram que o próprio eu é seu ídolo, e a ele sacrificam." O próprio eu precisa ser satisfeito em primeiro lugar; seu sentimento é: "Sou eu guardador do meu irmão?" Gênesis 4:9. Muitos têm recebido advertência após advertência, mas não deram ouvidos. O eu é o objeto principal, e diante dele tudo se deve curvar. TS1 31 2 Vi que a igreja tem quase perdido o espírito de abnegação e sacrifício; fazem do eu e do interesse próprio a primeira coisa, e então fazem pela obra o que julgam que podem, seja sim ou seja não. Tal sacrifício, vi, é defeituoso, e não aceitável por Deus. Todos devem estar interessados em fazer o máximo para levar avante a causa. Vi que os que não têm propriedade mas possuem forças físicas, são perante Deus responsáveis por elas. Devem ser diligentes no trabalho e de espírito fervoroso; não devem deixar que os que têm posses façam todo o sacrifício. Vi que eles podem sacrificar, e que é seu dever fazê-lo, da mesma maneira que os que possuem propriedades. Muitas vezes, porém, os que não possuem bens não compreendem que se podem negar a si mesmos de muitas maneiras, podem gastar menos consigo mesmos e satisfazer menos seus gostos e apetites, e encontrar muito em que poupar para a causa, ajuntando assim tesouros no Céu. Vi que há amabilidade e beleza na verdade; mas tire-se o poder de Deus, e ela ficará impotente. ------------------------Capítulo 5 -- Os dois caminhos TS1 32 1 Na assembléia de Battle Creek (Michigan), em 27 de Maio de 1856, foram-me em visão mostradas algumas coisas que dizem respeito à igreja em geral. Foram-me mostradas a glória e a majestade de Deus. Disse o anjo: "Ele é terrível em Sua majestade, contudo não O compreendeis; terrível em Sua ira, e no entanto vós O ofendeis diariamente. 'Porfiai por entrar pela porta estreita' (Lucas 13:24); 'porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.'" Mateus 7:13, 14. Estes caminhos são distintos, separados, em direções opostas. Um leva à vida eterna, e o outro à morte eterna. Vi a distinção entre esses caminhos, e também a diferença entre as multidões que neles viajam. Os caminhos são opostos; um é largo e suave; o outro, estreito e acidentado. Semelhantemente as duas multidões que os percorrem são opostas no caráter, na vida, no vestuário e na conversa. TS1 32 2 Os que viajam pelo caminho estreito conversam a respeito da alegria e felicidade que terão no fim da viagem. Seu rosto muitas vezes está triste, e, todavia, brilha freqüentemente com piedosa e santa alegria. Não se vestem como a multidão do caminho largo, nem como eles falam, nem procedem. Um modelo lhes foi dado. Um homem de dores, e experimentado nos trabalhos lhes abriu aquele caminho e o palmilhou. Seus seguidores vêem-Lhe os rastos, e ficam consolados e animados. Ele o percorreu em segurança; assim também poderão fazer os da multidão, se seguirem Suas pegadas. TS1 32 3 Na estrada larga todos estão preocupados com sua pessoa, suas vestes, seus prazeres. Dão-se livremente ao riso e à zombaria e não pensam no termo da viagem nem na destruição certa, no fim do caminho. Cada dia se aproximam mais de sua destruição; contudo loucamente se arrojam, mais e mais depressa. Oh, como me pareceu terrível isso! TS1 33 1 Vi, percorrendo a estrada larga, muitos que tinham sobre si escritas estas palavras: "Morto para o mundo. Próximo está o fim de todas as coisas. Estai vós também preparados." Pareciam precisamente iguais a todas aquelas pessoas frívolas que em redor se achavam, com a diferença única de uma sombra de tristeza que lhes notei no rosto. Sua conversa era perfeitamente igual à daqueles que, divertidos e inconscientes, se encontravam em redor; mas de quando em quando mostravam com grande satisfação as letras sobre suas vestes, convidando outros a tê-las sobre si. Estavam no caminho largo, e no entanto professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que em redor deles estavam, diziam: "Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos semelhantemente." Uma bênção não apreciada TS1 33 2 Foi-me então dirigida a atenção para os anos de 1843 e 1844. Havia naquela ocasião um espírito de consagração que hoje não existe. Que aconteceu com o povo que professa ser o povo peculiar de Deus? Vi a conformidade com o mundo, a indisposição de sofrer em prol da verdade. Vi grande falta de submissão à vontade de Deus. Foi-me chamada a atenção para os filhos de Israel, depois que saíram do Egito. Deus misericordiosamente os chamou dentre os egípcios para que pudessem adorá-Lo sem impedimento nem restrição. Operou em prol deles, no caminho, por meio de milagres; provou-os e experimentou-os pondo-os em situações angustiosas. Depois do maravilhoso trato de Deus com eles, e seu livramento muitas vezes, murmuravam quando por Ele provados ou experimentados. Suas expressões eram: "Quem dera houvéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito!" Êxodo 16:3. Cobiçavam os alhos e as cebolas de lá. TS1 34 1 Vi que muitos que professam crer na verdade para estes últimos dias, acham estranho que os filhos de Israel murmurassem enquanto viajavam; que depois do maravilhoso trato de Deus com eles, fossem tão ingratos que esquecessem o que por eles fizera. Disse o anjo: "Vós tendes feito pior do que eles." Vi que Deus deu a Seus servos a verdade tão clara, tão compreensível, que é impossível negá-la. Onde quer que estejam, têm certa a vitória. Seus inimigos não poderão fugir à convincente verdade. A luz foi derramada com tanta clareza que os servos de Deus podem levantar-se em qualquer parte e fazer com que ela, clara e harmoniosa, ganhe a vitória. Esta grande bênção não tem sido apreciada nem compreendida. Se surge alguma provação, alguns começam a olhar para trás, e pensam que passam por um tempo difícil. Alguns dos professos servos de Deus não sabem o que sejam provações purificadoras. Algumas vezes suscitam eles próprios as provações, imaginam-nas, e desanimam tão facilmente, tão prontamente se magoam, e ressentem-se tão depressa, que fazem mal a si próprios, ofendem a outros e prejudicam a causa de Deus. Satanás faz parecer grandes as suas provações, e incute-lhes no espírito pensamentos que, a serem satisfeitos, lhes destruirão a influência e utilidade. TS1 34 2 Alguns se têm sentido tentados a retirar-se da obra, a fim de trabalhar por sua própria conta. Vi que se a mão de Deus fosse retirada deles, e ficassem sujeitos à enfermidade e à morte, saberiam então o que são dificuldades. Coisa terrível é murmurar contra Deus. Eles não têm em mente que o caminho que trilham é áspero, cheio de abnegação, e de crucifixão do próprio eu, e não deveriam esperar que tudo corresse tão suavemente como se estivessem andando no caminho largo. TS1 34 3 Vi que alguns dos servos de Deus, mesmo pastores, desanimam tão facilmente, tão prontamente se magoa o seu eu, que se julgam menosprezados e ofendidos quando não há tal. Acham ruim a sua sorte. Tais pessoas não compreendem como se sentiriam se Deus as desamparasse, e passassem por angústia de alma. Achariam então sua sorte dez vezes pior do que antes, quando se achavam empregadas na obra de Deus, sofrendo provações e privações, mas tendo a aprovação do Senhor. TS1 35 1 Alguns dos que trabalham na causa de Deus não sabem quando têm um tempo suave. Sofreram tão poucas privações, tão pouco sabem de necessidades, trabalho exaustivo ou contrariedades que, passando bem e sendo favorecidos por Deus, e quase inteiramente livres de angústias de espírito não reconhecem as provações e as acham grandes. Vi que, a menos que tais pessoas tenham espírito de abnegação, e estejam dispostas a trabalhar animosamente, não poupando a si mesmas, Deus as dispensará. Ele não as reconhecerá como Seus servos abnegados, mas suscitará quem trabalhe, não indolentemente, mas com fervor, e reconheça quando desfrutam de bem-estar. Os servos de Deus deveriam sentir responsabilidade pelo trabalho em prol das almas, e chorar entre o alpendre e o altar, clamando: "Poupa a Teu povo, ó Senhor!" Joel 2:17. TS1 35 2 Alguns dos servos de Deus consagraram a vida à causa de Deus, até ao ponto de terem a saúde enfraquecida e ficarem quase consumidos pelo trabalho mental, cuidados incessantes, fadigas e privações. Outros não sentiram essa responsabilidade, ou não a quiseram assumir. Entretanto, justamente esses, por nunca terem experimentado dificuldades, acham que passam por um tempo difícil. Nunca foram batizados no quinhão do sofrimento, e nunca o serão enquanto manifestarem tanta fraqueza e tão pouca força, e amarem tanto a comodidade. TS1 35 3 Segundo o que Deus me mostrou, é preciso haver, entre os pastores, uma sacudidura, a fim de serem eliminados os negligentes, preguiçosos e comodistas, e permanecer um grupo fiel, puro e abnegado, que não busque seu bem-estar pessoal, mas administre fielmente na palavra e na doutrina, dispondo-se a sofrer e suportar todas as coisas por amor de Cristo, e salvar aqueles por quem Ele morreu. Sintam esses servos o "ai" que sobre eles pesa se não pregarem o evangelho, isso será o bastante; mas nem todos o sentem. ------------------------Capítulo 6 -- A esposa do pastor TS1 36 1 Vi as esposas dos pastores. Algumas delas não são de nenhum auxílio para os maridos, e todavia professam a terceira mensagem angélica. Pensam mais em atender a seus próprios desejos e prazeres do que à vontade de Deus, ou em como podem suster erguidas as mãos do esposo mediante suas fiéis orações e sua cuidadosa maneira de viver. Vi que algumas delas tomam uma direção tão voluntariosa e egoísta, que Satanás as torna instrumentos seus, e trabalha por meio delas a fim de destruir a influência e utilidade dos maridos. Sentem-se na liberdade de queixar-se e murmurar caso sejam levadas a qualquer situação precária. Esquecem-se dos sofrimentos dos antigos cristãos por amor da verdade, e pensam que devem ter seus desejos satisfeitos e seguir a própria vontade. Esquecem o sofrimento de Jesus, seu Mestre. Esquecem o Homem de dores, experimentado nos trabalhos -- Aquele que não tinha onde reclinar a cabeça. Não se importam de lembrar aquela santa fronte, ferida por uma coroa de espinhos. Esquecem-No a Ele que, levando Sua própria cruz ao Calvário, desfaleceu ao peso dela. Não estava sobre Ele apenas o peso da cruz de madeira, mas o pesado fardo dos pecados do mundo. Esquecem os cravos cruéis enterrados nas tenras mãos e pés, e Seu angustioso brado ao expirar: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27:46; Marcos 15:34. Depois de todo esse sofrimento suportado por elas, sentem forte indisposição de sofrer por amor de Cristo. TS1 36 2 Essas pessoas, vi, estão enganando a si mesmas. Não têm parte nem sorte na causa. Possuem a verdade mas a verdade não as possui. Quando a verdade, a solene e importante verdade delas se apoderar, há de morrer o próprio eu; então a linguagem não será: "Eu irei para lá; não ficarei aqui"; mas a sincera indagação será: "Onde quer o Senhor que eu esteja? Onde O glorificarei melhor, e onde serão mais benéficos os nossos labores conjugados?" Sua vontade será absorvida na vontade de Deus. O espírito obstinado e a falta de consagração manifestados por algumas esposas de pastores, atravessar-se-á no caminho dos pecadores; o sangue de almas estará em suas vestes. Alguns dos pastores têm dado vigoroso testemunho com relação ao dever e aos erros da igreja; mas isso não tem o efeito visado; pois suas próprias companheiras precisavam de todo o incisivo testemunho dado, e a reprovação recaía sobre elas com grande peso. Eles deixaram que as companheiras os afetassem, e puxassem para baixo, incutindo-lhes no espírito preconceitos, e ficam perdidas a sua utilidade e influência; sentem-se desanimados e abatidos, e não compreendem a verdadeira origem do mal. Este se encontra bem perto. As esposas como coobreiras TS1 37 1 Essas irmãs se acham intimamente relacionadas com a obra de Deus, se Ele chamou os maridos para pregarem a verdade presente. Estes servos, caso sejam realmente chamados por Deus, sentirão a importância da verdade. Encontram-se entre os vivos e os mortos, e devem velar pelas almas como quem delas deva dar contas. Solene é sua vocação, e suas companheiras podem ser-lhes uma grande bênção ou uma grande maldição. Elas os podem animar quando desalentados, confortar quando deprimidos, e estimulá-los a olhar para cima e a confiar plenamente em Deus quando lhes desfalece a fé. Ou podem tomar a direção contrária, olhar ao lado sombrio, pensar que lhes cabe um tempo de provas, sem exercitar nenhuma fé em Deus, falar de suas provações e incredulidade aos companheiros, condescender com o espírito de queixa e murmuração, e serem-lhes um peso morto, e mesmo uma maldição. TS1 37 2 Vi que a esposa do pastor deve ajudar o marido em seus labores, e ser exata e cuidadosa quanto à influência que exerce; pois é observada, e espera-se mais dela do que das outras. Seu vestuário deve ser um exemplo. Sua vida e conversação também devem ser exemplares, exalando um cheiro de vida e não de morte. Vi que deve assumir atitude humilde, mansa, e todavia exaltada, não se dando a conversações que não tendam a dirigir a mente para o Céu. A grande questão deve ser: "Como posso salvar minha própria alma, e ser instrumento para salvar a outros?" Vi que neste assunto, não é aceitável a Deus uma obra de coração dividido. Ele quer todo o coração e o interesse todo; do contrário, nada. A influência da esposa, ou fala decidida, inequivocamente em favor da verdade, ou contra ela. Ou ela ajunta com Jesus, ou espalha. A esposa não santificada é a maior maldição que um pastor possa ter. Os servos de Deus que têm sido e são ainda bastante infelizes para terem em casa essa má influência, devem dobrar as orações e a vigilância, assumir atitude firme e decidida, e não permitir que essa treva os empurre para baixo. Devem apegar-se mais a Deus, ser firmes e resolutos, governar bem a própria casa, e viver de maneira a receber a aprovação de Deus e o vigilante cuidado dos anjos. Mas se cederem aos desejos das não santificadas companheiras, estará sobre sua habitação o desagrado de Deus. A arca de Deus não pode permanecer na casa, pois eles condescendem com seus erros e os apóiam. TS1 38 1 Nosso Deus é um Deus zeloso. Terrível coisa é brincar com Ele. Antigamente, Acã cobiçou uma barra de ouro e uma capa babilônica, e as escondeu, e todo o Israel sofreu; foram repelidos pelos inimigos. E quando Josué indagou a causa, o Senhor disse: "Levanta-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Anátema há no meio de ti, Israel; diante dos teus inimigos não poderás suster-te, até que tires o anátema do meio de vós." Josué 7:13. Acã pecara, e Deus o destruiu a ele e a toda a sua família, com tudo quanto possuíam, e tirou a maldição de Israel. TS1 38 2 Vi que o Israel de Deus deve erguer-se, e renovar suas forças em Deus mediante a renovação e observância de seu concerto com Ele. A cobiça, o egoísmo, o amor do dinheiro e o amor do mundo, permeiam todas as fileiras dos observadores do sábado. Estes males estão destruindo o espírito de sacrifício entre o povo de Deus. Os que têm no coração essa cobiça, dela não se apercebem. Ela se apoderou deles imperceptivelmente, e a menos que seja desarraigada, sua destruição será tão certa quanto a de Acã. Muitos têm tirado o sacrifício de sobre o altar de Deus. Amam o mundo, amam-lhe o lucro e o aumento, e caso não haja neles inteira mudança, perecerão com o mundo. Deus lhes tem confiado meios; estes não lhes pertencem, mas o Senhor os fez mordomos Seus. E por isto eles chamam seus a esses recursos, e os acumulam. Mas oh! quão depressa, ao ser removida a mão de Deus, tudo é arrebatado em um momento! É preciso haver sacrifício para Deus, a negação do próprio eu por amor da verdade. Oh! como é frágil o homem! como é débil o seu braço! Vi que em breve será abatida a altivez humana, humilhado o seu orgulho! Reis e nobres, ricos e pobres, curvar-se-ão igualmente, e as consumidoras pragas de Deus cairão sobre eles. ------------------------Capítulo 7 -- "Sê zeloso e arrepende-te" TS1 40 1 Prezados Irmãos e Irmãs: O Senhor mostrou-me em visão algumas coisas concernentes à igreja em seu atual estado de mornidão, as quais vos passo a relatar. A igreja me foi apresentada em visão. Disse o anjo à igreja: "Jesus te diz: 'Sê zeloso e arrepende-te.'" Apocalipse 3:19. Esta obra, vi, deve ser empreendida com sinceridade. Há alguma coisa de que arrepender-se. O espírito mundano, o egoísmo e a cobiça têm estado a corroer a espiritualidade e a vida do povo de Deus. TS1 40 2 O perigo do povo de Deus durante alguns anos passados, tem sido o amor do mundo. Disto têm brotado os pecados do egoísmo e da cobiça. Quanto mais tiram deste mundo, tanto mais aí colocam suas afeições; e ainda se esforçam por obter mais. Disse o anjo: "É mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus." Lucas 18:25. Todavia muitos que professam crer que estamos dando as últimas notas de advertência ao mundo, estão lutando com todas as energias para se colocarem em posição em que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que eles entrarem no reino do Céu. TS1 40 3 Esses tesouros terrestres são bênçãos quando devidamente empregados. Os que os possuem devem compreender que os mesmos lhes são emprestados por Deus, e empregar alegremente seus recursos para o progresso de Sua causa. Não perderão aqui seu galardão. Serão benignamente considerados pelos anjos de Deus, ao mesmo tempo que ajuntarão um tesouro no Céu. TS1 40 4 Vi que Satanás observa o temperamento peculiar, egoísta, cobiçoso de alguns que professam a verdade, e tentá-los-á pondo-os no caminho da prosperidade, oferecendo-lhes as riquezas deste mundo. Ele sabe que, se não vencerem seu temperamento natural, hão de tropeçar e cair pelo amor de Mamom, pela adoração de seu ídolo. O objetivo de Satanás é muitas vezes conseguido. O forte amor do mundo vence, absorve o amor da verdade. Os reinos do mundo são-lhes oferecidos, e eles se apoderam ansiosamente de seus tesouros, e pensam que estão sendo maravilhosamente prosperados. Satanás triunfa porque seu plano teve êxito. Abandonam o amor de Deus pelo amor do mundo. O amor do mundo TS1 41 1 Vi que os que são assim prosperados, poderão impedir o desígnio de Satanás, caso vençam sua cobiça egoísta mediante o pôr todas as suas possessões no altar de Deus. E onde virem que são necessários meios para levar avante a obra da verdade e para ajudar a viúva, o órfão e o aflito, devem dar alegremente, entesourando assim no Céu. TS1 41 2 Dai ouvidos ao conselho da Testemunha Verdadeira. Comprai ouro provado no fogo, para serdes ricos; vestidos brancos para que vos possais vestir; e colírio para que possais ver. Fazei algum esforço. Estes preciosos tesouros não cairão sobre nós sem esforço de nossa parte. Cumpre-nos comprar -- ser zelosos e arrepender-nos de nosso estado de mornidão. É preciso estarmos despertos para ver nossos erros, esquadrinhar nossos pecados, e arrepender-nos zelosamente deles. TS1 41 3 Vi que os irmãos que possuem bens têm uma obra que fazer para se desligarem desses tesouros terrestres, e vencerem seu amor do mundo. Muitos deles amam este mundo, amam seu tesouro, mas não estão dispostos a reconhecer isto. Cumpre-lhes ser zelosos e arrependerem-se de sua cobiça egoísta, a fim de que o amor da verdade absorva tudo o mais. Vi que muitos dos que têm riquezas deixarão de comprar ouro, vestidos brancos e colírio. Seu zelo não possui intensidade e ardor proporcionais ao valor do objeto que buscam obter. TS1 42 1 Vi esses homens enquanto se esforçavam pelos bens terrestres; que zelo manifestavam, que diligência, que energia para obter um tesouro terreno que em breve passará! Que frios cálculos faziam eles! Planejam e labutam desde cedo até tarde, e sacrificam a comodidade e o conforto pelo tesouro terrestre. Um zelo correspondente, de sua parte, para alcançarem o ouro, as vestes brancas e o colírio, levá-los-á à posse desses desejáveis tesouros, e a vida, vida eterna no reino de Deus. Vi que, se alguém necessita de colírio, são os que possuem bens deste mundo. Muitos deles estão cegos para a sua própria condição, cegos para o seu firme apego a este mundo. Oh! que eles possam ver! TS1 42 2 "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20. Vi que muitos têm tanto lixo acumulado à porta do coração, que não a podem abrir. Alguns têm desinteligências a remover entre eles e os irmãos. Outros têm mau gênio, ambição egoísta para afastar antes de poderem abrir a porta. Outros rolaram o mundo para a porta do coração, e isso também a impede de ser aberta. Todo esse entulho deve ser removido, e então poderão abrir a porta e dar aí as boas-vindas ao Salvador. TS1 42 3 Oh! quão preciosa esta promessa, ao ser-me mostrada em visão! "Entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20. Oh! o amor, o assombroso amor de Deus! Depois de toda a nossa mornidão e pecado, Ele diz: "Volta para Mim, e Eu voltarei para ti, e sararei todas as tuas apostasias." Isto foi repetido pelo anjo várias vezes. "Volta para Mim, e Eu voltarei para ti, e sararei todas as tuas apostasias." TS1 42 4 Alguns, vi eu, voltariam de boa vontade. Outros não permitirão que esta mensagem à igreja de Laodicéia tenha peso para com eles. Hão de deslizar caminho adiante, da mesma maneira por que antes o faziam, e serão vomitados da boca do Senhor. Unicamente os que se arrependem hão de alcançar o favor de Deus. TS1 43 1 "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:21. Podemos vencer. Sim, plena e inteiramente. Jesus morreu a fim de prover-nos um caminho de escape, de modo a podermos vencer todo mau gênio, todo pecado, toda tentação, e, por fim, sentar-nos com Ele. TS1 43 2 Temos o privilégio de ter fé e salvação. O poder de Deus não diminuiu. Seu poder, vi, seria concedido agora tão abundantemente como outrora. É a igreja de Deus que tem perdido a fé para reclamar, a energia para lutar como fez Jacó, clamando: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." Gênesis 32:26. A fé que persevera está a perecer. Ela deve ser reavivada no coração do povo de Deus. Precisamos reclamar Sua bênção. A fé, fé viva, leva sempre para cima -- para Deus e a glória; a incredulidade, para baixo -- para as trevas e a morte. Fabricar provações TS1 43 3 Vi que a mente de alguns na igreja não tem andado na devida direção. Tem havido alguns temperamentos peculiares, que têm lá suas idéias pelas quais julgam os irmãos. E se alguém não estava exatamente em harmonia com eles, havia imediatamente perturbação no acampamento. Alguns têm coado um mosquito, e engolido um camelo. TS1 43 4 Essas idéias têm sido nutridas e com elas alguns têm condescendido, por longo tempo. Apegam-se a qualquer palha, por assim dizer. E quando não há dificuldades reais na igreja, fabricam-se provações. A mente da igreja e os servos do Senhor são desviados de Deus, da verdade e do Céu, para se fixarem nas trevas. Satanás se deleita em que estas coisas prossigam; isto é um regalo para ele. Não são, porém, estas tribulações, que hão de purificar a igreja, e, no fim, aumentar a resistência do povo de Deus. TS1 44 1 Vi que alguns estão secando espiritualmente. Têm vivido por algum tempo a observar a fim de manter os irmãos direitos -- observando toda falta, para então os meter em dificuldades. E enquanto isto fazem, a mente não está em Deus, nem no Céu ou na verdade; mas simplesmente onde Satanás quer que esteja -- noutros. Sua alma é negligenciada; raramente essas pessoas vêem ou sentem as próprias faltas, pois têm tido bastante que fazer em vigiar as faltas dos demais, sem sequer olhar a própria alma, ou examinar o próprio coração. O vestido, o chapéu ou o avental lhes prendem a atenção. Precisam falar a este e àquele, e isto basta para os ocupar por semanas. Vi que toda a religião de algumas pobres almas, consiste em observar a roupa e os atos dos outros, e em os criticar. A menos que se reformem, não haverá no Céu lugar para elas, pois achariam defeitos no próprio Senhor. TS1 44 2 Disse o anjo: "É uma obra individual o estar direito para com Deus." A obra é entre Deus e nossa própria alma. Mas quando as pessoas têm tanto cuidado com as faltas dos outros, não cuidam de si mesmas. Essas pessoas imaginativas, críticas, curar-se-iam muitas vezes desse hábito, se se dirigissem diretamente à pessoa que pensam estar errada. Isto seria tão desagradável, que abandonariam suas idéias, de preferência a ir ter com elas. Mas é mais fácil deixar a língua trabalhar livremente acerca deste e daquele, quando o acusado não está presente. Ordem no culto TS1 44 3 Pensam alguns que não é direito procurar observar ordem no culto de Deus. Vi, porém, que não é perigoso observar ordem na igreja do Senhor. Tenho visto que a confusão Lhe desagrada, e que deve haver ordem no orar e também no cantar. Não devemos chegar à casa de Deus para orar por nossa família, a menos que um profundo sentimento a isto nos induza, enquanto o Espírito de Deus as está convencendo. Em geral, o lugar apropriado para orar por nossa família é o altar da família. Quando os objetos de nossas orações se acham distantes, o aposento particular é o lugar apropriado para instar com Deus em favor deles. Quando na casa de Deus, devemos orar por uma bênção presente, e esperar que Ele nos ouça e atenda às petições. Essas reuniões serão vivas e interessantes. TS1 45 1 Vi que todos devem cantar com o espírito e com entendimento também. Deus não Se agrada de barulho e desarmonia. O certo é-Lhe sempre mais aprazível que o errado. E quanto mais perto puder chegar o povo de Deus do canto correto, harmonioso, tanto mais será Ele glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos impressionados favoravelmente. TS1 45 2 Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro. Na extremidade inferior dela havia um dispositivo para virar, fixar a harpa, ou mudar os tons. Seus dedos não corriam pelas cordas descuidosamente, mas faziam vibrar diferentes cordas para produzir diferentes acordes. Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus, irradiando glória indizível. TS1 45 3 O povo de Deus não deve estar em confusão, carecendo de ordem e harmonia, coerência e beleza. O Senhor é grandemente desonrado quando existe desunião entre Seu povo. A verdade é unidade. A unidade exigida por Deus deve ser cultivada dia a dia, para que correspondamos à oração de Cristo. A desunião que forceja por existir entre os que professam crer na última mensagem de misericórdia a ser dada ao mundo, não deve encontrar lugar; pois seria terrível impedimento para o progresso da causa de Deus. Seus servos devem ser um, assim como Cristo é um com o Pai; suas faculdades, iluminadas, inspiradas e santificadas, devem unir-se para formar um todo completo. Os que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos não se devem adiantar separadamente; cumpre-lhes avançar juntos. -- Testimonies for the Church 3:174, 175 (1904). ------------------------Capítulo 8 -- Jovens observadores do Sábado TS1 47 1 Em 22 de Agosto de 1857, estando eu na casa de oração em Monterey, Michigan, foi-me mostrado que muitos ainda não ouviram a voz de Jesus, e a salvadora mensagem ainda não lhes tomou posse da alma, operando uma reforma na vida. Muitos dos jovens não têm o espírito de Jesus. O amor de Deus não lhes está no coração, portanto toda tentação natural tem a vitória, em vez de terem-na o Espírito de Deus e a salvação. TS1 47 2 Os que possuem realmente a religião de Jesus, não se envergonharão da cruz nem temerão carregá-la perante os que têm mais experiência que eles. Caso almejem fervorosamente andar direito, desejarão todo auxílio que possam obter dos cristãos de mais idade. De boa vontade serão por eles ajudados; os corações que se acham aquecidos pelo amor de Deus, não serão entravados por bagatelas na carreira cristã. Falarão daquilo que o espírito de Deus opera no interior. Cantarão isto, orarão sobre isto. É a falta de religião, a falta de vida santa que torna os jovens tardios. Sua vida os condena. Sabem que não vivem como os cristãos devem viver, por isto não têm confiança em Deus, nem na igreja. TS1 47 3 O motivo de se sentirem os jovens mais em liberdade quando os de mais idade estão ausentes, é que eles se acham com os de sua mesma espécie. Cada um pensa que é tão bom quanto o outro. Todos deixam de atingir o alvo, mas se medem uns pelos outros, e uns aos outros se comparam, e negligenciam o único modelo perfeito e verdadeiro. Jesus é o modelo genuíno. Sua vida de sacrifício, eis nosso exemplo. TS1 47 4 Vi quão pouco era tido em conta o Modelo, quão pouco exaltado diante deles. Quão pouco sofrem os jovens, ou se negam a si mesmos, por sua religião! Sacrificar-se, é coisa de que mal se pensa entre eles. Deixam inteiramente de imitar o Modelo neste sentido. Vi que a linguagem de sua vida é: O eu precisa ser satisfeito; é preciso condescender com o orgulho. Esquecem o Homem de dores, experimentado nos trabalhos. Os sofrimentos de Jesus no Getsêmani, as grandes gotas de sangue no jardim, a coroa entretecida de espinhos que Lhe feriram a fronte santa, não os comovem. Ficaram entorpecidos. Suas sensibilidades estão embotadas, e perderam todo o senso do grande sacrifício por eles feito. Podem sentar-se e escutar a história da cruz, ouvir como os cravos cruéis foram pregados nas mãos e pés do Filho de Deus, sem que isto lhes mova as profundezas da alma. TS1 48 1 Disse o anjo: "Fossem esses introduzidos na cidade de Deus, e fosse-lhes dito que toda a sua suntuosa beleza e esplendor lhes pertencia para a gozarem para sempre, e eles não teriam nenhuma compreensão do alto preço por que essa herança lhes fora adquirida. Jamais avaliariam as incomparáveis profundezas do amor do Salvador. Não beberam do cálice, nem foram batizados com o batismo. O Céu manchar-se-ia se tais pessoas houvessem de morar ali. Unicamente os que partilharam dos sofrimentos do Filho de Deus, saíram de grande tribulação, lavaram seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro, podem gozar da indescritível excelência e inexcedível beleza do Céu." TS1 48 2 A falta desta necessária preparação excluirá a maior parte dos jovens professos; pois não trabalharão bastante diligente e zelosamente para alcançar aquele repouso que resta para o povo de Deus. Não confessarão sinceramente seus pecados, para que sejam perdoados e apagados. Dentro de pouco tempo esses pecados serão revelados em toda a sua enormidade. Os olhos de Deus não tosquenejam. Ele conhece todo pecado oculto aos olhos mortais. Os culpados sabem exatamente quais os pecados a confessar para que sua alma seja purificada diante de Deus. Jesus está-lhes concedendo agora oportunidade de confessar, de se arrependerem em profunda humildade, e purificarem a vida pela obediência e o viver a verdade. Agora é o tempo de se endireitarem os erros e os pecados serem confessados, ou eles aparecerão diante do pecador no dia da ira de Deus. Os pais unidos na disciplina TS1 49 1 Os pais têm geralmente confiança demasiada nos filhos; pois muitas vezes, quando estão confiantes, eles se acham em encoberta iniqüidade. Pais, vigiai vossos filhos com muito cuidado. Exortai, reprovai, aconselhai-os ao vos levantardes, e quando estiverdes sentados; quando sairdes, e quando entrardes; "regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali". Isaías 28:10. Sujeitai vossos filhos enquanto são tenros. Isto é tristemente negligenciado por muitos pais. Não tomam posição tão firme e decidida como devem com relação aos filhos. Deixam que sejam semelhantes ao mundo, amem o vestuário e associem-se aos que aborrecem a verdade, e cuja influência é venenosa. Assim, fazendo, estimulam nos filhos disposição mundana. TS1 49 2 Vi que deve haver sempre, da parte dos pais cristãos, o princípio de estarem unidos no governo dos filhos. Existe a este respeito uma culpa da parte de alguns pais -- a falta de união. Essa falta se encontra por vezes no pai, mas mais freqüentemente na mãe. A mãe amante amima os filhos e com eles condescende. O trabalho do pai muitas vezes o afasta de casa e do convívio dos filhos. A influência da mãe é que atua. Seu exemplo contribui muito para formar o caráter das crianças. TS1 49 3 Algumas mães bondosas toleram nos filhos erros que não deveriam ser suportados nem por um momento. Os malfeitos deles são muitas vezes ocultos ao pai. Artigos de vestuário ou qualquer outra concessão é feita pela mãe, com entendimento de que o pai nada deva saber a esse respeito; pois ele reprovaria tais coisas. TS1 49 4 Aí é ensinada eficazmente aos filhos uma lição de engano. Depois, se o pai descobre esses erros, são apresentadas desculpas, e a verdade é dita só pela metade. A mãe não é franca. Não considera como deve que o pai tem nos filhos o mesmo interesse que ela, e não deve ser mantido na ignorância dos erros ou tentações que precisam ser corrigidos neles enquanto jovens. Têm-se encoberto coisas. Os filhos conhecem a falta de união entre os pais, e isto tem seu efeito. E cedo começam a enganar, encobrir, dizer à mãe e ao pai de maneira diferente, do que na verdade as coisas são. O exagero torna-se hábito, e chegam a ser ditas grossas mentiras quase sem que a consciência se sinta acusada ou repreendida. TS1 50 1 Esses erros começaram com a mãe ao esconder as coisas do pai, o qual deve ter igual interesse no caráter que os filhos estão formando. O pai devia ter sido consultado francamente. Tudo deveria ter-lhe sido exposto. A direção oposta, porém, tomada para ocultar os erros dos filhos, anima a disposição de enganar, a falta de veracidade e honestidade. TS1 50 2 A única esperança desses filhos, professem eles a religião ou não, é converterem-se cabalmente. Todo o seu caráter deve ser mudado. Irrefletida mãe, sabes enquanto ensinas teus filhos, que toda a sua vida religiosa é influenciada pelos ensinos que recebem na primeira idade? Submete-os enquanto jovens; ensina-lhes a sujeitarem-se a ti, e tanto mais rapidamente aprenderão a obedecer aos preceitos de Deus. Estimula neles disposição verdadeira e sincera. Nunca lhes dês ocasião de duvidarem de tua sinceridade e estrita veracidade. Vi que os jovens professam ter mas não desfrutam o poder salvador de Deus. Falta-lhes religião, falta-lhes salvação. E oh! as ociosas e inaproveitáveis palavras que proferem! Há um fiel e terrível registro a seu respeito, e os mortais serão julgados segundo os atos praticados no corpo. Jovens amigos, vossos atos e palavras ociosas estão escritos no Livro. Vossa conversação não tem sido sobre as coisas eternas, mas sobre isto, e aquilo -- conversas comuns, mundanas, em que se não devem os cristãos empenhar. Tudo está escrito no Livro. É necessário genuína conversão TS1 51 1 Vi que, se não houver inteira mudança na juventude, inteira conversão, podem eles perder a esperança do Céu. Do que me tem sido mostrado, não mais da metade dos jovens que professam a religião e a verdade, são verdadeiramente convertidos. Se se houvessem convertido, produziriam frutos para a glória de Deus. Muitos confiam numa suposta esperança, sem base real. A fonte não está purificada, portanto as correntes que dela procedem não são puras. Limpai a fonte, e puras serão as águas. Se reto for o coração, corretas hão de ser vossas palavras, vosso vestuário, vossas ações. Falta a verdadeira piedade. Eu não desonraria meu Mestre a ponto de admitir que seja cristã a pessoa descuidosa, frívola, que não ora. Não; o cristão alcança a vitória sobre os pecados que o espreitam, sobre suas paixões. Há remédio para a alma enferma de pecado. Esse remédio está em Jesus. Precioso Salvador! Sua graça é suficiente para o mais fraco dos seres; e o mais forte precisa também possuir Sua graça, do contrário perecerá. TS1 51 2 Vi como essa graça poderia ser obtida. Ide ao vosso quarto e, ali a sós, rogai a Deus: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto." Salmos 51:10. Sede fervorosos, sede sinceros. "A oração" fervente "pode muito em seus efeitos." Tiago 5:16. À semelhança de Jacó, lutai em oração. Angustiai-vos. Jesus, no jardim, suou grandes gotas de sangue; deveis fazer um esforço. Não deixeis vosso aposento enquanto vos não sentirdes fortes em Deus; então, vigiai, e enquanto vigiardes e orardes vos será possível manter em sujeição esses maus assaltos, e a graça de Deus pode e há de aparecer em vós. TS1 51 3 Longe de mim que eu cesse de vos admoestar. Jovens amigos, buscai ao Senhor de todo o vosso coração. Ide com zelo, e quando sentirdes sinceramente que sem o auxílio de Deus perecereis, quando anelardes por Ele como o "cervo brama pelas correntes das águas" (Salmos 42:1), então o Senhor presto vos fortalecerá. Então a vossa paz excederá "todo o entendimento". Filipenses 4:7. Se esperais salvação, precisais orar. Dedicai tempo. Não sejais apressados nem descuidosos em vossas orações. Rogai a Deus que em vós opere completa reforma, que os frutos do Seu Espírito habitem em vós, e brilheis como luzes no mundo. Não sejais obstáculo nem maldição para a causa de Deus; podeis ser um auxílio, uma bênção. Diz-vos Satanás que não é possível desfrutar plena e abundante salvação? Não acrediteis. TS1 52 1 Vi que é privilégio de todo cristão fruir as profundas atuações do Espírito de Deus. Uma doce paz celestial penetrará a mente, e dar-vos-á prazer meditar em Deus e no Céu. Deleitar-vos-eis nas gloriosas promessas de Sua Palavra. Mas sabei primeiro que destes início à conduta cristã. Sabei que destes os primeiros passos no caminho da vida eterna. Não vos enganeis. Temo, ou antes, sei que muitos dentre vós ignoram o que seja religião. Tendes experimentado alguma emoção, mas nunca vistes o pecado em sua enormidade. Jamais sentistes vossa arruinada condição, desviando-vos dos vossos maus caminhos com amarga dor. Nunca morrestes para o mundo. Sois ainda amantes de seus prazeres; apreciais entreter-vos em conversa sobre assuntos mundanos. Ao ser, porém, apresentada a verdade de Deus, nada tendes a dizer. Por que assim silenciosos?! Por que tão loquazes sobre coisas mundanas, e tão mudos sobre o assunto que mais vos deve interessar -- um assunto que vos deve ocupar inteiramente a alma? A verdade de Deus não habita em vós. TS1 52 2 Vi que muitos são justos em sua profissão de fé, enquanto interiormente há corrupção. Não vos enganeis, professos crentes de coração falso. Deus olha para o coração. 1 Samuel 16:7. "Do que há em abundância no coração, disso fala a boca." Mateus 12:34. Vi que o mundo está no coração desses, mas a religião de Jesus não está aí. Se os professos cristãos amam mais a Jesus que ao mundo, gostarão de falar nEle, o seu melhor amigo, em quem se concentram suas mais altas afeições. Ele veio em auxílio deles quando sentiram sua condição de perdidos prestes a perecer. Quando cansados e carregados de pecado, volveram-se para Ele. Jesus lhes removeu o fardo da culpa e do pecado, tirou-lhes a dor e o pranto, e mudou toda a direção de suas afeições. As coisas que outrora amavam, agora aborrecem; e as que aborreciam, amam agora. Jesus requer tudo TS1 53 1 Processou-se acaso em vós esta grande mudança? Não vos enganeis. Ou eu nunca proferiria o nome de Cristo, ou Lhe daria todo o meu coração, meu inteiro afeto. Devemos experimentar a mais profunda gratidão por Jesus aceitar essa oferenda. Ele requer tudo. Quando somos levados a render-nos a Suas solicitações, e a renunciar a tudo, então, e só então, lançar-nos-á Ele em torno os braços de misericórdia. Mas que damos nós quando tudo entregamos? A alma poluída do pecado para que Jesus a purifique, limpe por Sua misericórdia, salve-a da morte por Seu incomparável amor. E todavia eu vi que alguns achavam difícil entregar tudo. Envergonho-me de o ouvir, envergonho-me de o escrever. TS1 53 2 Falais em abnegação? Que deu Cristo por nós? Quando julgais ser demais que Cristo exija tudo, dirigi-vos ao Calvário, e chorai ali por esse pensamento. Contemplai as mãos e os pés de vosso Libertador, dilacerados pelos cravos cruéis, a fim de serdes lavados do pecado por Seu próprio sangue! TS1 53 3 Os que experimentam o amor de Deus, esse amor que compele, não perguntam quão pouco se pode dar para alcançar a recompensa celeste; não pedem a mais baixa norma, antes aspiram à perfeita conformidade com a vontade de Seu Redentor. Com desejo ardente entregam tudo, e manifestam zelo proporcional ao valor do objeto que buscam. Qual é esse objeto? A imortalidade, a vida eterna. TS1 53 4 Meus jovens amigos, muitos dentre vós estais lamentavelmente iludidos. Tendes vos satisfeito com alguma coisa inferior à religião pura e incontaminada. Quero despertar-vos. Os anjos de Deus vos estão procurando despertar. Oh! que as importantes verdades da Palavra de Deus vos despertem para o senso do perigo que correis, levando-vos a cabal exame de vós mesmos! Vosso coração é ainda carnal. Não está sujeito à lei de Deus, nem em verdade o pode estar. Esses corações carnais devem mudar, para verdes tal beleza na santidade, que aneleis por ela assim como o "cervo brama pelas fontes das águas". Salmos 42:1. Então amareis a Deus e amareis a Sua lei. Então o jugo de Cristo será suave e o Seu fardo leve. Mateus 11:30. Conquanto tenhais provações, estas devidamente suportadas, tornam simplesmente o caminho mais precioso. A herança imortal destina-se ao cristão abnegado. TS1 54 1 Vi que o cristão não deve dar valor demasiado ao entusiasmo dos seus sentimentos, nem depender muito disso. Esses sentimentos nem sempre são guias seguros. Todo cristão deve cuidar de servir a Deus, movido por princípios; não ser regido por sentimentos. Assim fazendo, exercitar-se-á a fé, e se desenvolverá. Foi-me mostrado que se o cristão viver vida humilde, abnegada, o resultado será paz e alegria no Senhor. Mas a felicidade máxima será experimentada mediante o fazer bem aos outros, em tornar outros felizes. Tal felicidade será perdurável. TS1 54 2 Muitos jovens não têm princípio fixo para servir a Deus. Não exercem fé. Sucumbem sob qualquer nuvem. Não têm força de resistência. Não crescem na graça. Parece guardarem os mandamentos de Deus. Fazem de quando em quando uma oração formal, e são chamados cristãos. Os pais acham-se tão ansiosos a respeito deles, que aceitam qualquer coisa que lhes pareça favorável, e não trabalham com eles, não ensinam que a mente carnal deve morrer. Animam-nos a virem, e desempenharem uma parte; deixam, porém, de levá-los a esquadrinharem o próprio coração com diligência, a examinarem-se a si mesmos, e avaliarem o preço do que constitui ser cristão. O resultado é que os jovens professam ser cristãos, sem provar suficientemente os próprios motivos. TS1 54 3 Diz a Testemunha Verdadeira: "Oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apocalipse 3:15, 16. Satanás quer que sejais cristãos nominais, pois assim podereis melhor servir aos seus desígnios. Se tendes uma forma de piedade e não a piedade verdadeira, ele vos pode usar para seduzir outros ao mesmo caminho, isto é, a se iludirem a si mesmos. Algumas pobres almas olharão para vós em vez de porem os olhos na norma bíblica, e não chegarão mais alto. São tão bons quanto vós, e ficam satisfeitos. TS1 55 1 Insiste-se muitas vezes com os jovens para cumprirem deveres, para falar ou orar nas reuniões; insiste-se para morrerem para o orgulho. São instigados a cada passo. Tal religião de nada vale. Transforme-se o coração carnal, e não vos será tão enfadonha tarefa servir a Deus, ó vós, professos de coração frio! Todo aquele amor do vestuário e orgulho da aparência desaparecerão. O tempo que passais diante do espelho arranjando os cabelos a fim de agradar à vista, deve ser empregado em oração, a fazer exame interior. Não haverá, no coração santificado, lugar para o adorno exterior; antes haverá diligente e ansiosa busca do adorno interior, as graças cristãs -- os frutos do Espírito de Deus. TS1 55 2 Diz o apóstolo: "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus." 1 Pedro 3:3, 4. TS1 55 3 Subjugai a mente carnal, reformai a vida, e a pobre estrutura mortal não será tão idolatrada. Caso o coração seja reformado, isto se demonstrará na aparência exterior. Se Cristo for em nós a esperança da glória, nele descobriremos tão incomparáveis atrativos, que a alma ficará enamorada. Apegar-se-á a Ele, preferirá amá-Lo, e, cheia de admiração por Ele, esquecerá o próprio eu. Jesus será magnificado e adorado, e o eu abaixado e humilhado. A confissão religiosa, sem esse profundo amor, porém, é mera conversa, árida formalidade e enfadonho labor. Muitos dentre vós talvez conservem na cabeça um pouco de religião, uma religião exterior, ao passo que o coração não está purificado. Deus olha para o coração (1 Samuel 16:7); "todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar". Hebreus 4:13. Ficará Ele satisfeito com coisa alguma que não a verdade no interior? Toda alma verdadeiramente convertida apresentará os inequívocos traços de estar subjugada a mente carnal. TS1 56 1 Falo positivamente. Não creio que isto desanime um verdadeiro cristão; e não quero que nenhum de vós chegue ao tempo de angústia sem uma bem-fundada esperança em vosso Redentor. Decidi conhecer o pior aspecto de vosso caso. Certificai-vos se tendes uma herança no alto. Tratai sinceramente com vossa própria alma. Lembrai-vos de que Jesus apresentará a Seu Pai uma igreja sem mácula, nem ruga ou coisa semelhante. TS1 56 2 Como haveis de saber que estais aceitos por Deus? Estudai com oração Sua palavra. Não a deixeis de lado por nenhum outro livro. Este Livro convence do pecado. Revela plenamente o caminho da salvação. Apresenta alta e gloriosa recompensa. Revela-vos um Salvador completo e ensina-vos que unicamente mediante Sua ilimitada misericórdia podeis esperar a salvação. TS1 56 3 Não negligencieis a oração particular, pois é a alma da religião. Com sincera e fervorosa oração, rogai pureza de alma. Suplicai tão ardente e fervorosamente, como o faríeis por vossa existência mortal, caso ela estivesse em jogo. Permanecei perante Deus até que inexprimíveis anseios sejam em vós gerados quanto à vossa salvação, e seja obtida a doce certeza do perdão dos pecados. TS1 56 4 A esperança da vida eterna não deve ser recebida sobre frágeis fundamentos. É um assunto que deve ser assentado entre Deus e a vossa alma -- assentado para a eternidade. Uma suposta esperança, e nada mais, demonstrar-se-á a vossa ruína. Uma vez que tendes de subsistir ou cair pela Palavra de Deus, a essa Palavra é que deveis olhar em busca de testemunho em vosso caso. Aí podeis ver o que de vós é exigido para vos tornardes cristãos. Não dispais vossa armadura, nem abandoneis o campo de batalha enquanto não obtiverdes a vitória, triunfantes em vosso Redentor. ------------------------Capítulo 9 -- Tesouro no céu TS1 57 1 Alguns não têm seguido direção estritamente honesta, honrosa. Esses devem seguir orientação diversa, trabalhando firmemente para remir o tempo. Muitos observadores do sábado se acham em falta nesse ponto. Aproveitam-se até de seus pobres irmãos, e os que têm abundância exigem mais que o real valor das coisas, mais do que por elas pagariam, ao passo que esses irmãos se acham embaraçados e aflitos por falta de meios. Deus sabe de todas essas coisas. Todo ato egoísta, toda extorsão cobiçosa, trará sua recompensa. TS1 57 2 Vi que é cruel e injusto não ter consideração pela situação de um irmão. Se está aflito ou pobre, fazendo todavia tudo quanto lhe é possível, deve-se fazer-lhe uma concessão, e mesmo não se lhe deve exigir o inteiro valor das coisas que compre dos ricos; antes estes devem ter para com ele sentimentos de misericórdia. Deus aprovará tais atos de bondade, e os que os praticam não perderão sua recompensa. Haverá, porém, um terrível registro contra muitos observadores do sábado por atos mesquinhos e gananciosos. TS1 57 3 Fui dirigida ao tempo em que não havia senão poucos que escutavam e abraçavam a verdade. Eles não possuíam muito dos bens deste mundo. As necessidades da Causa eram divididas entre bem poucos. Então foi necessário que alguns vendessem suas casas e terras, e procurassem um lugar mais barato para lhes servir de abrigo, ou de lar, enquanto seus recursos eram franca e generosamente emprestados ao Senhor para publicar a verdade, e para de outro modo ajudar o avançamento da causa de Deus. Ao contemplar esses abnegados, vi que haviam sofrido privações para benefício da Causa. Vi um anjo postado ao seu lado, apontando-lhes o Céu, e dizendo: "Vós tendes bolsas no Céu! Tendes no Céu bolsas que não envelhecem! Resisti até ao fim, e grande será o vosso galardão." TS1 58 1 Deus tem estado a tocar muitos corações. A verdade por que alguns tanto se sacrificaram, a fim de apresentá-la a outros, triunfou, e multidões a ela se apegaram. Em Sua providência, Deus tem tocado o coração dos que têm meios, trazendo-os para a verdade, para que, à medida que Sua obra aumenta, sejam satisfeitas as necessidades da Causa. Muitos recursos têm sido trazidos às fileiras dos observadores do sábado, e vi que atualmente Deus não pede as casas que Seu povo tem para morar, a menos que troquem casas de muito preço por outras mais baratas. Mas se aqueles que possuem abundância não Lhe derem ouvidos, não se separarem do mundo e dispuserem de parte de sua propriedade e terras, nem se sacrificarem por Deus, Ele os passará por alto, e chamará aqueles que estão dispostos a fazer qualquer coisa para Jesus, até a venderem sua morada a fim de atender às necessidades da Causa. Deus terá ofertas voluntárias. Os que as fazem devem considerar um privilégio fazê-lo. ------------------------Capítulo 10 -- A sacudidura TS1 59 1 Em 20 de Novembro de 1857 foi-me mostrado o povo de Deus, e vi-o fortemente sacudido. Alguns, com viva fé e agonizantes brados, pleiteavam com Deus. Tinham o semblante pálido e assinalado por profunda ansiedade, expressiva de suas lutas internas. Firmeza e grande fervor se exprimiam em seu semblante, enquanto grossas gotas de suor lhes caíam da fronte. De quando em quando seu rosto resplandecia com o sinal da aprovação de Deus, e de novo sobre eles pousava aquele olhar solene, fervoroso e ansioso. TS1 59 2 Anjos maus se aglomeravam em torno deles, circundando-os de trevas, para lhes afastar da vista a Jesus, a fim de que seus olhos fossem atraídos para as trevas que os cercavam, e eles desconfiassem de Deus e contra Ele murmurassem. Sua única segurança estava em manterem os olhos fitos no alto. Anjos de Deus eram encarregados da guarda de Seu povo, e quando a atmosfera intoxicada, da parte dos anjos maus, era impelida em volta daquelas pessoas ansiosas, os anjos sobre eles agitavam continuamente as asas, para afugentar as densas trevas. TS1 60 1 Vi que alguns não participavam dessa obra de súplica intensa. Pareciam indiferentes e descuidosos. Não resistiam às trevas que os rodeavam, e os envolviam qual densa nuvem. Os anjos de Deus deixaram-nos, e vi-os apressar-se em auxílio dos que lutavam com todas as energias para resistir aos anjos maus, procurando ajudar-se a si mesmos invocando perseverantemente a Deus. Mas os anjos abandonaram os que não se esforçavam por ajudar-se a si mesmos, e perdi-os de vista. Enquanto os que oravam prosseguiram em seus clamores fervorosos, um raio de luz, provindo de Jesus, sobre eles incidia de quando em quando, a fim de os encorajar, e iluminar-lhes o semblante. TS1 60 2 Perguntei qual o sentido da sacudidura que eu acabava de presenciar e foi-me mostrado que fora causada pelo positivo testemunho motivado pelo conselho da Testemunha fiel, aos laodiceanos. Esse testemunho terá o seu efeito sobre o coração do que o recebe, levando-a a exaltar a norma e declarar a positiva verdade. Alguns não suportarão esse claro testemunho. Opor-se-lhe-ão e isto causará uma sacudidura entre os filhos de Deus. TS1 60 3 O testemunho da Testemunha fiel não foi atendido nem pela metade. O solene testemunho do qual depende o destino da igreja foi subestimado, se não rejeitado por completo. Esse testemunho tem que operar arrependimento profundo, e todos os que de fato o receberem, obedecer-lhe-ão e serão purificados. TS1 60 4 Disse o anjo: "Escutai!" Logo ouvi uma voz que soava como muitos instrumentos de música, todos em acordes perfeitos, suaves e harmoniosos. Ultrapassava a qualquer música que eu já ouvira. Parecia plena de misericórdia, compaixão, e regozijo santo e enobrecedor. Atravessou-me todo o ser. Disse o anjo: "Olhai!" Minha atenção foi então dirigida para o grupo que eu vira, e que fora fortemente abalado. Foram-me mostrados os que eu dantes vira a chorar e orar em agonia de espírito. O grupo de anjos da guarda em volta deles fora duplicado e achavam-se revestidos de uma armadura, da cabeça aos pés. Moviam-se em rigorosa ordem, firmes como um batalhão de soldados. Seu semblante exprimia o árduo conflito que haviam suportado, a difícil luta que atravessaram. Contudo sua fisionomia, assinalada por severa angústia íntima, resplandecia agora com a luz e glória do Céu. Haviam alcançado a vitória, e esta lhes trazia a mais profunda gratidão, e santo e nobre regozijo. TS1 61 1 Diminuíra o número das pessoas que compunham esse grupo. Alguns, pela sacudidura, foram lançados fora, ficando à beira do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam aos que haviam prezado a vitória o bastante para a suplicar com insistência, não a alcançaram, sendo deixados atrás, em trevas. Seu número, porém foi imediatamente preenchido por outros que aceitavam a verdade e cerravam fileiras. Ainda os anjos maus se lhes aglomeravam em torno, mas sobre eles não tinham poder. TS1 62 1 Ouvi os que se achavam revestidos da armadura proclamarem a verdade com grande poder. Isso surtiu efeito. Vi os que haviam sido proibidos; algumas esposas haviam sido proibidas pelos maridos, e filhos pelos pais. Os sinceros que haviam sido detidos ou impedidos de ouvirem a verdade agora dela se apoderavam ansiosamente. Desaparecera todo temor que tinham dos parentes. A verdade, unicamente, era para eles exaltada. Era-lhes mais querida e preciosa do que a vida. Tinham dela estado famintos e sedentos. Perguntei pela causa dessa grande mudança. Um anjo respondeu: "É a chuva serôdia, o refrigério da presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo." TS1 62 2 Grande poder acompanhava esses escolhidos. Disse o anjo: "Olhai!" Foi-me chamada a atenção para os ímpios, ou incrédulos. Estavam todos agitados. O zelo e poder do povo de Deus haviam-nos despertado e enraivecido. Confusão, confusão mostrava-se por toda parte. Vi que eram tomadas medidas contra esse grupo, que possuía o poder e a luz de Deus. Trevas adensavam-se-lhes em torno, e no entanto ali se achavam, aprovados de Deus e nele confiantes. Vi-os perplexos. A seguir, ouvi-os clamarem fervorosamente ao Senhor. Através do dia e da noite seu clamor não cessava. Ouvi as palavras: "Tua vontade, ó Deus, seja feita! Se for para a glória do Teu nome, abre um caminho de escape para o Teu povo! Livra-nos dos ímpios que nos rodeiam! Eles nos destinaram à morte; Teu braço, porém, pode operar a salvação." Essas são as palavras de que me recordo. Todos pareciam ter intuição profunda de sua indignidade e manifestavam inteira submissão à vontade de Deus. Entretanto, como Jacó, cada qual, sem uma única exceção, suplicava fervorosamente e pleiteava o livramento. TS1 63 1 Logo depois de haverem começado seu fervoroso clamor, os anjos, compassivos, desejavam acudir em seu livramento. Mas um anjo alto e majestoso não lho permitiu. Disse ele: "A vontade de Deus não se cumpriu ainda. Eles têm que sorver a taça. Têm que ser batizados com o batismo." TS1 63 2 Logo ouvi a voz de Deus, que abalou Céus e Terra. Houve grande terremoto. Edifícios ruíram por todos os lados. Ouvi então um triunfante brado de vitória, alto, harmonioso e claro. Contemplei aquele grupo que, pouco tempo antes, estivera em aflição e cativeiro. Estavam livres. Uma luz resplandecente brilhava sobre eles. Como pareceram formosos então! Haviam desaparecido toda fadiga e sinais de ansiedade; saúde e beleza viam-se em todos os semblantes. Seus inimigos, os gentios que os cercavam, caíram por terra, como mortos. Não suportavam a luz que brilhava sobre os santos, libertos. Essa luz e resplendor sobre eles permaneceu até que Jesus foi visto nas nuvens do céu, e o grupo de fiéis e provados foram transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, de glória em glória. Abriram-se os sepulcros e revestidos de imortalidade, surgiram os santos, bradando: "Vitória sobre a morte e a sepultura!" e em companhia dos santos vivos foram arrebatados, para encontrar seu Senhor nos ares, enquanto belos e harmoniosos brados de glória e vitória procediam de todos os lábios imortais. ------------------------Capítulo 11 -- Deus prova seu povo TS1 64 1 Deus provará Seu povo. Jesus lida com eles pacientemente, e não os vomita da boca em um momento. Disse o anjo: "Deus está pesando o Seu povo." Se a mensagem houvesse tido a breve duração que muitos de nós supunham, não teria havido tempo para desenvolver o caráter. Muitos agiam segundo os sentimentos, não por princípios e pela fé, e esta solene e terrível mensagem os sacudiu. Atuou sobre seus sentimentos, e despertou-lhes os temores, mas não realizou a obra que Deus designava que fizesse. Deus lê o coração. Para que Seu povo não se engane quanto a si mesmo, Ele lhes dá tempo para que passe a emoção, e então os prova para ver se obedecem ao conselho da Testemunha Verdadeira. TS1 64 2 Deus conduz avante Seu povo, passo a passo. Leva-os a diferentes pontos, destinados a manifestar o que está no coração. Alguns resistem em um ponto, mas caem no seguinte. A cada ponto mais adiante, o coração é provado um pouco mais de perto. Se o professo povo de Deus verifica estar o coração contrário a esta penosa obra, isto os deve convencer de que têm alguma coisa a fazer a fim de vencer, uma vez que não queiram ser vomitados da boca do Senhor. TS1 64 3 Disse o anjo: "Deus operará mais e mais rigorosamente a fim de experimentar e provar cada um entre Seu povo." TS1 64 4 Alguns são prontos em receber um ponto; mas quando Deus os leva a outro ponto difícil, recuam diante dele e ficam para trás, pois acham que isto golpeia diretamente algum ídolo acariciado. Aí têm eles ensejo de ver o que, em seu coração, está excluindo a Jesus. Prezam alguma coisa mais que a verdade, e o coração não está preparado para receber a Jesus. Os indivíduos são experimentados e provados por um espaço de tempo a ver se sacrificarão seus ídolos e darão ouvidos ao conselho da Testemunha Verdadeira. Caso alguém não seja purificado pela obediência à verdade, e vença o egoísmo, o orgulho e as más paixões, os anjos de Deus têm a recomendação: "Estão entregues a seus ídolos; deixai-os", e eles passarão adiante à sua obra, deixando esses com seus pecaminosos traços não subjugados, à direção dos anjos maus. Os que satisfazem em todos os pontos e resistem a toda prova, e vencem, seja qual for o preço, atenderam ao conselho da Testemunha Verdadeira, e receberão a chuva serôdia, estando assim aptos para a trasladação. ... TS1 65 1 Oxalá todo morno professo adventista compreenda a obra de purificação que Deus está prestes a efetuar entre o povo que professa pertencer-Lhe! Prezados amigos, não vos iludais quanto a vossa condição. Não podeis enganar a Deus. Diz a Testemunha Verdadeira: "Eu sei as tuas obras." Apocalipse 3:15. O terceiro anjo está, passo a passo, guiando um povo cada vez mais para cima. A cada passo eles serão provados. ------------------------Capítulo 12 -- Casas de culto TS1 66 1 Vi que muitos a quem Deus confiou recursos, sentem-se na liberdade de usá-los à vontade para seu próprio bem-estar, arranjando lares aprazáveis aqui; quando, porém, constroem uma casa para o culto do grande Deus que habita na eternidade, não podem permitir que Ele use os meios que lhes emprestou. Não se esforça cada um por exceder o outro em manifestar sua gratidão a Deus pela verdade, fazendo tudo quanto pode para preparar um apropriado lugar de culto; antes alguns procuram fazer simplesmente o mínimo possível; e acham que são nada mais que perdidos os recursos que empregam em preparar um lugar em que o Altíssimo os visite. Tal oferta é defeituosa, e não é aceitável a Deus. Vi que seria muito mais aprazível a Deus se Seu povo mostrasse tanto entendimento em preparar-Lhe uma casa, quanto usa em suas próprias habitações. TS1 66 2 Fora ordenado que os sacrifícios e ofertas dos filhos de Israel fossem sem mancha e sem defeito, o melhor do rebanho; e cada um dentre o povo era solicitado a partilhar dessa obra. A obra de Deus para este tempo será extensa. Se construís uma casa para o Senhor, não O ofendais nem limiteis com o fazer ofertas defeituosas. Dai o melhor para uma casa construída para Deus. Seja o melhor que possuais; mostrai interesse em torná-la apropriada e confortável. Alguns pensam que isto não tem importância, visto que o tempo é curto. Fazei então o mesmo em vossas residências e em todos os vossos arranjos mundanos. TS1 66 3 Vi que Deus podia levar avante Sua obra sem qualquer auxílio humano; isto, porém, não é o Seu plano. O mundo atual destina-se a ser um cenário de provação para o homem. Ele está aqui a fim de formar um caráter que o acompanhe para o mundo eterno. O bem e o mal são colocados diante dele, e seu futuro estado depende da escolha que fizer. Cristo veio para mudar-lhe a direção dos pensamentos e afeições. Seu coração deve ser tirado do tesouro terreno e colocado no celeste. Por sua abnegação, Deus pode ser glorificado. Em favor do homem foi feito o grande sacrifício, e agora ele será provado a ver se seguirá o exemplo de Jesus, e fará sacrifício por seus semelhantes. TS1 67 1 Satanás e seus anjos acham-se coligados contra o povo de Deus; mas Jesus está procurando purificar esse povo para Si. Requer que Lhe leve a obra avante. Deus colocou nas mãos de Seu povo neste mundo, o suficiente para promover o andamento de Sua obra sem embaraço, e é intenção Sua que os meios que lhes foram confiados sejam empregados cuidadosamente. "Vendei o que tendes e dai esmolas" (Lucas 12:33), é uma parte da sagrada Palavra de Deus. Os servos de Deus devem erguer-se, clamar em alta voz, e não poupar: "Anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. A obra de Deus deve tornar-se mais ampla, e se Seu povo seguir o conselho que Ele lhe dá, não haverá em suas mãos muitos recursos para serem consumidos na destruição final. Todos terão depositado seus tesouros onde a traça e a ferrugem não consomem; e o coração não terá uma ligação a prendê-lo à Terra. ------------------------Capítulo 13 -- Lições tiradas das parábolas TS1 68 1 Foi-me mostrado que a parábola dos talentos não tem sido plenamente compreendida. Esta importante lição foi dada aos discípulos para benefício dos cristãos que viveriam nos últimos dias. E estes talentos não representam meramente a capacidade de pregar e instruir pela Palavra de Deus. A parábola aplica-se aos recursos temporais que Deus confiou a Seu povo. Aqueles a quem foram dados os cinco e os dois talentos, negociaram e duplicaram aquilo que lhes fora dado em depósito. Deus exige que os que possuem bens aqui, ponham seu dinheiro em giro para Ele -- ponham-no na causa para espalhar a verdade. E se a verdade habita no coração do recebedor, ele também, com seus recursos, ajudará a enviá-la a outros; e por meio de seus esforços, sua influência e seus meios, outras almas abraçarão a verdade, e começarão por sua vez a trabalhar para Deus. TS1 68 2 Vi que alguns dentre os que professam ser Seu povo, são como o homem que escondeu o talento na terra. Impedem que seus bens sejam de proveito na causa do Senhor. Pretendem que os mesmos lhes pertencem, e que eles têm o direito de fazer o que lhes aprouver com o que é seu; e não se salvam almas mediante judiciosos esforços de sua parte, com o dinheiro de seu Senhor. Os anjos fazem um fiel relatório da obra de todo homem, e ao ser feito juízo sobre a casa de Deus, registra-se a sentença de cada um junto a seu nome, e o anjo é comissionado a não poupar os servos infiéis, mas a derribá-los no tempo da matança. E o que lhes fora confiado em depósito é-lhes tirado. Seu tesouro terrestre é então dissipado, e perderam tudo. E as coroas que poderiam haver usado caso tivessem sido fiéis, serão colocadas na fronte dos que foram salvos pelos servos fiéis, cujos recursos estiveram constantemente em giro para Deus. E cada um que foi salvo por intermédio deles, acrescenta estrelas a sua coroa de glória, aumentando-lhes a recompensa eterna. TS1 69 1 Foi-me mostrado também que a parábola do mordomo infiel nos deve ensinar uma lição. "Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos." Lucas 16:9. Caso empreguemos nossos bens para glória de Deus aqui, depositamos um tesouro no Céu; e quando todas as posses terrenas tiverem desaparecido, o mordomo fiel tem como amigos a Jesus e os anjos, para recebê-lo nas eternas moradas, na pátria. Responsabilidades para com Deus TS1 69 2 "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito." Lucas 16:10. Aquele que é fiel em suas posses terrestres, que são o mínimo, fazendo dedicado emprego daquilo que Deus lhes emprestou aqui, será fiel a sua profissão de fé. "Quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito." Aquele que retém de Deus aquilo que Ele lhe emprestou, será infiel em todos os aspectos nas coisas de Deus. "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?" Lucas 16:10, 11. Se nos demonstramos infiéis no uso do que Deus nos empresta aqui, Ele nunca nos dará a herança imortal. "E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?" Lucas 16:12. TS1 69 3 Jesus nos comprou a redenção. Esta nos pertence; somos, porém, colocados aqui em prova, a ver se nos demonstramos dignos da vida eterna. Deus nos prova confiando-nos bens terrenos. Se somos fiéis em dar abundantemente daquilo que Ele nos emprestou, para levar avante Sua causa, o Senhor nos pode confiar a herança imortal. "Não podeis servir a Deus e a Mamom." Lucas 16:13; Mateus 6:24. "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." 1 João 2:15. TS1 69 4 Deus Se desgosta com a maneira negligente, frouxa em que muitos dos que professam ser Seu povo dirigem seus negócios mundanos. Parecem ter perdido todo o senso de que a propriedade que estão usando pertence a Deus, e Lhe devem prestar contas de sua mordomia. Alguns têm os negócios seculares em total confusão. Satanás observa tudo isto, e dá o golpe no momento oportuno, tirando, por seu mau uso, muitos recursos das fileiras dos observadores do sábado. E esses meios vão para as fileiras dele. Alguns, já idosos, não querem tomar quaisquer providências quanto a seus negócios seculares e, inesperadamente, adoecem e morrem. Os filhos, que não têm interesse na verdade, tomam a propriedade. Satanás manobrou da maneira que lhe convinha. "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras? E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?" Lucas 16:11, 12. TS1 70 1 Foi-me mostrado o terrível fato de que Satanás e seus anjos têm tido mais que ver com o uso da propriedade do povo que professa ser de Deus, do que o próprio Senhor. Os mordomos dos últimos dias são imprudentes. Permitem que Satanás lhes controle as questões de negócios, e leve para as próprias fileiras aquilo que pertence à causa de Deus, e nela deveria estar. Deus vos observa, mordomos infiéis; Ele vos chamará a contas. Vi que os mordomos de Deus podem, mediante fiel e judiciosa direção, manter seus negócios neste mundo regulados, exatos e direitos. E é especialmente privilégio e dever dos idosos, dos fracos e dos que não têm filhos, colocarem os recursos de que dispõem onde eles possam ser empregados na causa de Deus, caso eles sejam subitamente tirados. Mas vi que Satanás e seus anjos exultam ante o êxito que obtêm nesse assunto. E os que devem ser sábios herdeiros da salvação quase deixam voluntariamente o dinheiro de seu Senhor escapar-lhes das mãos para as fileiras do inimigo. Por esta maneira, fortalecem o reino de Satanás, e parecem sentir-se muito sossegados a esse respeito! ------------------------Capítulo 14 -- Fiadores de incrédulos TS1 71 1 Vi que Deus estava desgostoso com Seu povo por se tornarem fiadores de incrédulos. Minha atenção foi dirigida para estes textos: "Não estejas entre os que dão as mãos, e entre os que ficam por fiadores de dívidas." Provérbios 22:26. "De certo sofrerá severamente aquele que fica por fiador do estranho, mas o que aborrece a fiança estará seguro." Provérbios 11:15. Mordomos infiéis! Empenham aquilo que pertence a outro -- seu Pai celeste -- e Satanás está a postos para ajudar seus filhos a arrebatá-lo de suas mãos. Os observadores do sábado não devem ser sócios dos incrédulos. O povo de Deus confia demasiado nas palavras dos estranhos, e buscam-lhes o conselho, quando não o devem fazer. O inimigo os torna agentes seus, e por intermédio deles trabalha para desconcertar os filhos de Deus, e os prejudicar. TS1 71 2 Alguns não têm tato para gerir sabiamente assuntos mundanos. Faltam-lhes as necessárias habilitações, e Satanás deles se aproveita. Quando assim é, essas pessoas não devem ignorar sua deficiência. Devem ser suficientemente humildes para, antes de executarem seus planos, se aconselharem com seus irmãos, em cujo discernimento podem confiar. Fui encaminhada para este texto: "Levai as cargas uns dos outros." Gálatas 6:2. Alguns não são humildes bastante para deixar que os que possuem discernimento raciocinem por eles, enquanto não levarem a efeito seus próprios projetos, e se virem envolvidos em dificuldades. Vêem então a necessidade do conselho e do juízo de seus irmãos; mas quão mais pesado é então o fardo do que a princípio! Os irmãos não devem descer ajuízo, caso seja possível evitá-lo; pois dão assim grande vantagem ao inimigo para os enredar e desconcertar. Seria melhor entrar em entendimento, mesmo com prejuízo. ------------------------Capítulo 15 -- Juramentos TS1 72 1 Vi que alguns dos filhos de Deus têm cometido um erro no que respeita a fazer juramento, e Satanás se tem aproveitado disto para os oprimir, e deles tirar o dinheiro de seu Senhor. Vi que as palavras de nosso Senhor: "de maneira nenhuma jureis", não se referem ao juramento judicial. "Seja, porém, o vosso falar: "Sim, sim; não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna." Mateus 5:34, 37. Isto se refere a conversações comuns. Alguns exageram em sua linguagem. Outros juram pela própria vida; outros, pela sua cabeça -- tão certo como eles viverem; tão certo como terem cabeça. Uns tomam o Céu e a Terra como testemunhas de que tais coisas são assim. Outros ainda esperam que Deus lhes tire a existência se o que estão dizendo não é verdade. É contra esta espécie de juramento comum que Jesus adverte Seus discípulos. TS1 72 2 Temos homens que são colocados sobre nós como governadores, e leis para nos regerem. Não fosse por essas leis, e as condições do mundo seriam piores do que são agora. Algumas dessas leis são boas, outras más. Estas têm aumentado, e seremos ainda levados a situações apertadas. Mas Deus susterá o Seu povo para ser firme e viver à altura dos princípios de Sua Palavra. Quando as leis dos homens se chocam com a Palavra e a lei de Deus, cumpre-nos obedecer a estas, sejam quais forem as conseqüências. À lei de nossa terra que exige entregarmos um escravo a seu senhor, não devemos obedecer; e cumpre-nos sofrer as conseqüências de violar essa lei. O escravo não é propriedade de homem algum. Deus, eis seu legítimo senhor, e o homem não tem nenhum direito de tomar a obra de Deus em suas mãos, e pretender que é propriedade sua. TS1 73 1 Vi que o Senhor tem ainda que ver com as leis do país. Enquanto Jesus está no santuário, o refreador Espírito de Deus é sentido por governantes e pelo povo. Mas Satanás domina em grande parte a massa do mundo, e não fossem as leis do pais, experimentaríamos muito sofrimento. Foi-me mostrado que, quando é realmente necessário, e eles são chamados a testificarem de modo legal, não é violação da Palavra de Deus que Seus filhos tomem solenemente a Deus para testemunhar de que o que dizem é verdade, e coisa alguma senão a verdade. TS1 73 2 O homem é tão corrupto que são feitas leis para lhe lançarem a responsabilidade sobre a cabeça. Alguns homens não temem mentir aos seus semelhantes; mas foram ensinados -- e o refreador Espírito de Deus os impressionou -- no sentido de ser coisa terrível mentir a Deus. O caso de Ananias e Safira, sua esposa, é-nos dado como exemplo. A questão é levada do homem para Deus, de maneira que se alguém der falso testemunho, não o faz para o homem, mas para o grande Deus, que lê o coração e conhece em todos os casos a exata verdade. Nossas leis consideram grave crime o juramento falso. Deus muitas vezes fez cair juízos sobre o que jura falsamente, e ainda quando o juramento estava em seus lábios, o anjo destruidor o abateu. Isso se destinava a aterrar os malfeitores. TS1 73 3 Vi que, se existe na Terra alguém que possa coerentemente testificar sob juramento, esse é o cristão. Ele vive à luz do semblante de Deus. Ele se fortalece em Sua força. E quando questões de importância têm de ser resolvidas por lei, ninguém pode apelar para Deus com tanta justiça como o cristão. Ordenou-me o anjo que notasse que o próprio Deus jura por Si mesmo. Gênesis 22:16; Hebreus 6:13, 17. Jurou Ele a Abraão (Gênesis 26:3), a Isaque (Salmos 105:9; Jeremias 11:5), e a Davi (Salmos 132:11; Atos dos Apóstolos 2:30). Deus requeria dos filhos de Israel um juramento entre homem e homem. Êxodo 22:10, 11. Jesus submeteu-Se ao juramento na hora de Seu julgamento. Disse-Lhe o sumo sacerdote: "Conjuro-Te pelo Deus vivo que nos digas se Tu és o Cristo, o Filho de Deus." Jesus respondeu: "Tu o disseste." Mateus 26:63, 64. Se Jesus, em Seus ensinos aos discípulos, Se referisse ao juramento judicial, Ele teria reprovado o sumo sacerdote, e ali mesmo reforçado os Seus ensinos, para o bem de Seus seguidores que se achavam presentes. Satanás tem-se agradado com o fato de alguns considerarem o juramento sob um prisma falso, pois isso lhe tem dado oportunidade de oprimi-los e tirar-lhes o dinheiro de seu Senhor. Os mordomos de Deus devem ser mais sábios, elaborar seus planos e preparar-se para resistir às armadilhas de Satanás; pois ele fará maiores esforços que nunca. TS1 74 1 Vi que alguns têm preconceitos contra nossos governantes e contra as leis; mas se não fossem as leis, este mundo estaria em condição terrível. Deus refreia nossos governantes; pois o coração de todos está em Suas mãos. Estabelecem-se limites para além dos quais não podem ir. Muitos dos governantes pertencem ao número dos dirigidos por Satanás; mas vi que Deus tem os Seus agentes, mesmo entre os governantes. E alguns deles se converterão ainda à verdade. Estão agora desempenhando a parte que Deus deseja que desempenhem. Quando Satanás opera por meio de seus agentes, fazem-se propostas que, se executadas, impediriam a obra de Deus e produziriam grande mal. Os anjos bons operam nesses agentes de Deus para que se oponham a essas propostas com razões fortes, às quais não podem resistir os agentes de Satanás. Uns poucos dos agentes de Deus terão poder para derribar grande massa de males. Assim a obra prosseguirá até que a terceira mensagem tenha realizado sua obra, e por ocasião do alto clamor do terceiro anjo, esses agentes terão oportunidade de receber a verdade, e alguns deles se converterão, e atravessarão com os santos o tempo de angústia. Quando Jesus deixar o Santíssimo, Seu Espírito refreador será retirado dos governantes e do povo. Serão deixados ao controle dos anjos maus. Então serão feitas, por conselho e direção de Satanás, leis que, se não fosse muito breve o tempo, nenhuma carne se salvaria. ------------------------Capítulo 16 -- Dever para com os filhos TS1 75 1 Foi-me mostrado que os pais em geral não têm seguido a devida direção para com seus filhos. Não os têm restringido como deviam, mas permitido que condescendam com o orgulho, e sigam as próprias inclinações. Antigamente era considerada a autoridade paternal; então os filhos se achavam em sujeição aos pais, e temiam-nos e os reverenciavam; nestes últimos dias, porém, a ordem está invertida. Alguns pais estão sujeitos aos filhos. Temem contrariar a vontade deles, e portanto cedem. Mas enquanto os filhos se encontrarem sob o teto paterno, dependendo dos pais, devem estar subordinados ao seu domínio. Os pais devem agir com decisão, exigindo que seus pontos de vista do direito sejam seguidos. TS1 75 2 Eli poderia ter restringido seus ímpios filhos, mas temia-lhes o desagrado. Tolerou que prosseguissem em sua rebelião, até que se tornaram uma maldição para Israel. Exige-se dos pais que reprimam seus filhos. A salvação dos filhos depende em muito da orientação seguida pelos pais. Em seu mal entendido amor e afeição pelos filhos, muitos pais condescendem com eles para dano seu, nutrem-lhes o orgulho, e põem sobre eles enfeites e adornos que os tornam vãos, e os levam a julgar que a veste faz a senhora ou o homem. Um rápido conhecimento, porém, convence os que com eles se associam, de que a aparência exterior não basta para ocultar a deformidade de um coração destituído das graças cristãs, mas cheio de amor-próprio, altivez e paixões não controladas. Os que amam a mansidão, a humildade e a virtude, devem fugir de tal convívio, ainda que sejam filhos de observadores do sábado. Sua companhia é venenosa; sua influência conduz à morte. Os pais não avaliam a destruidora influência da semente que estão semeando. Ela brotará e dará frutos que farão com que os filhos desprezem a autoridade dos pais. TS1 76 1 Mesmo depois que têm idade, exige-se dos filhos o respeito para com seus pais, e que cuidem de prover-lhes conforto. Devem dar ouvidos aos conselhos dos piedosos pais, não achando que, por terem mais alguns anos, já não têm mais dever para com eles. Há um mandamento acompanhado de promessa para os que honram a seu pai e sua mãe. Nestes últimos dias os filhos se fazem notar tanto por sua desobediência e desrespeito, que Deus os tem observado especialmente, e isto constitui um sinal da proximidade do fim. É um indício de que Satanás tem completo domínio sobre a mente dos jovens. Por parte de muitos, já não há respeito para com a idade. É considerado demasiado fora de moda respeitar as pessoas idosas; isto remonta aos dias de Abraão. Diz Deus: "Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele." Gênesis 18:19. TS1 76 2 Antigamente os filhos não tinham permissão de casar-se sem o consentimento dos pais. Estes escolhiam para os filhos. Era considerado crime um filho contratar casamento por sua própria responsabilidade. O assunto era primeiramente exposto aos pais, e eles consideravam se a pessoa que devia ser posta em estreitas relações com eles era digna, e se as partes estavam em condições de prover a uma família. Era por eles considerado da maior importância que eles, adoradores do verdadeiro Deus, não se casassem num povo idólatra, não fossem suas famílias levadas a desviar-se de Deus. Mesmo depois de os filhos estarem casados, achavam-se na mais solene obrigação para com seus pais. Seu discernimento não era então considerado suficiente sem o conselho dos pais, e era-lhes exigido respeitar e obedecer aos desejos deles, a menos que estes se achassem em contradição com os preceitos de Deus. TS1 76 3 Fui novamente levada a considerar a condição dos jovens nestes últimos dias. Os filhos não são controlados. Pais, deveis começar vossa primeira lição de disciplina quando vossos filhos são criancinhas de colo. Ensinai-lhes a submeter sua vontade à vossa. Isto se pode fazer mantendo a justiça e a firmeza. Os pais devem ter inteiro domínio sobre si mesmos, e com brandura mas com firmeza, dobrar a vontade da criança até que ela nada espere senão ceder aos desejos deles. Os resultados da negligência paterna TS1 77 1 Os pais não começam a tempo. A primeira manifestação de gênio não é submetida, e os filhos crescem obstinados, o que aumenta à medida que eles crescem, e se arraiga à proporção que eles se fortalecem. Certos filhos, ao terem mais idade, julgam ser coisa natural que façam a própria vontade, e que os pais se submetam aos seus desejos. Esperam que os pais os sirvam. Impacientam-se com as restrições, e quando têm idade suficiente para serem úteis aos pais, não assumem as responsabilidades que devem. Foram eximidos de responsabilidades, e crescem inúteis em casa e lá fora. Não têm capacidade de resistência. Os pais suportaram as responsabilidades, e toleraram que eles crescessem na ociosidade, sem hábitos de ordem, de laboriosidade ou de economia. Não lhes foram ensinados hábitos de abnegação, mas foram mimados e cercados de indulgência, satisfeitos seus apetites, e crescem com uma saúde débil. Suas maneiras e comportamento não são agradáveis. Sentem-se infelizes, e tornam infelizes os que os rodeiam. E enquanto os filhos são ainda crianças, enquanto necessitam ser disciplinados, é-lhes permitido saírem com outros e misturarem-se com os da mesma idade, e uns exercem uma influência corruptora sobre outros. TS1 77 2 A maldição de Deus pesará sobre os pais infiéis. Eles não somente estão plantando espinhos que os hão de ferir aqui, mas encontrarão a própria infidelidade quando se assentar o juízo. Muitos filhos se erguerão no juízo e condenarão os pais por não os haverem reprimido, e os acusarão de serem destruídos. A falsa compaixão e o amor cego dos pais, faz com que eles desculpem as faltas dos filhos, passando-as sem correção, e os filhos se perdem em conseqüência disto, e o sangue de sua alma recairá sobre os pais infiéis. TS1 78 1 Os filhos que são assim criados sem disciplina, têm tudo a aprender quando professam ser seguidores de Cristo. Toda a sua vida religiosa é afetada pela criação que tiveram na infância. Aparece o mesmo espírito obstinado; a mesma falta de abnegação, a mesma impaciência sob as reprovações, o mesmo amor-próprio e indisposição de buscar conselhos dos outros, ou de ser influenciado por juízo alheio, a mesma indolência, fuga das ocupações, falta de sentimento de responsabilidade. Tudo isto se vê em suas relações para com a igreja. É possível essas pessoas vencerem; mas quão renhida é a batalha! Quão rigoroso o conflito! Quão difícil é passar pelo curso da inteira disciplina que lhes é necessária para alcançarem a elevação do caráter cristão! Todavia, se eles vencerem afinal, é-lhes permitido ver, antes de serem trasladados, quão perto chegaram eles do precipício da destruição eterna, devido à falta de rigoroso preparo na mocidade, à falta de aprenderem a submissão na infância. ------------------------Capítulo 17 -- Nosso nome denominacional TS1 79 1 Foi-me mostrado o modo por que o povo remanescente de Deus obteve seu nome. Duas classes de pessoas me foram apresentadas. Uma abrangia as grandes corporações de cristãos professos. Esses transgrediam a lei divina, inclinando-se diante de uma instituição papal. Observavam o primeiro dia da semana em vez do sábado do Senhor. A outra classe, posto que pequena em número, tributava obediência ao grande Legislador. Esses guardavam o quarto mandamento. Os aspectos peculiares e destacados de sua fé são a observância do sétimo dia e a expectativa da volta de Cristo nas nuvens do céu. TS1 79 2 O conflito que se estabelece é entre as reivindicações de Deus e as exigências da besta. O primeiro dia da semana, que é uma instituição papal, e contradiz diretamente o quarto mandamento, deverá ainda ser convertido em pedra de toque pela segunda besta. Então será proclamada a tremenda advertência da parte de Deus, anunciando o castigo que aguarda os que adoram a besta e sua imagem. Estes beberão do vinho da ira de Deus, não misturado no cálice da Sua ira. TS1 79 3 Não podemos adotar outro nome melhor do que esse, que concorda com a nossa doutrina, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar. O nome Adventista do Sétimo Dia é uma contínua acusação ao mundo protestante. É aqui que está a linha divisória entre os que adoram a Deus e os que adoram a besta e recebem seu sinal. O grande conflito é entre os mandamentos de Deus e as exigências da besta. É porque os santos guardam todos os mandamentos de Deus, que o dragão lhes move guerra. Se rebaixassem seu padrão e cedessem nas particularidades de sua fé, o dragão estaria satisfeito; mas suscitam sua ira por ousarem exaltar o padrão e levantar o estandarte de oposição ao mundo protestante que reverencia uma instituição do papado. TS1 80 1 O nome Adventista do Sétimo Dia exibe o verdadeiro caráter de nossa fé e será próprio para persuadir aos espíritos indagadores. Como uma flecha da aljava do Senhor, fere os transgressores da lei divina, induzindo ao arrependimento e à fé no Senhor Jesus Cristo. TS1 80 2 Foi-me mostrado que quase todos os fanáticos, que surgem, no desejo de ocultar seus verdadeiros sentimentos a fim de iludir outros, afirmam pertencer à "Igreja de Deus". Esse nome havia, por isso, de despertar imediatamente suspeitas, porque é usado para ocultar os erros mais absurdos. É demasiadamente vago para designar o povo remanescente de Deus. Além disso, daria lugar à suspeita de que temos uma fé que desejamos ocultar. ------------------------Capítulo 18 -- Inteira consagração TS1 81 1 Prezados irmãos K.: Em minha última visão foram-me mostradas algumas coisas relativamente a vossa família. O Senhor tem a seu respeito pensamentos de misericórdia, e não os abandonará, a menos que O abandonem. L. e M. acham-se em um estado de mornidão. Eles devem despertar e fazer esforços pela salvação, ou perderão a vida eterna. Devem sentir uma responsabilidade individual, e obter experiência por si mesmos. Necessitam que o Espírito Santo opere em seu coração, levando-os a amar e escolher a companhia do povo de Deus de preferência a qualquer outra, e a se separarem dos que não têm amor pelas coisas espirituais. Jesus requer um sacrifício completo, uma inteira consagração. TS1 81 2 L. e M., não têm compreendido que Deus deles exige afeições não divididas. Têm feito uma santa profissão de fé, todavia têm descido ao baixo nível dos professos comuns. Apreciam a companhia dos jovens que não têm qualquer consideração pelas sagradas verdades que professam. Têm-se assemelhado a seus companheiros, e se têm satisfeito com uma religião que os torne agradáveis a todos, sem incorrer na censura de ninguém. TS1 81 3 Cristo exige tudo. Caso Ele exigisse menos, Seu sacrifício teria sido demasiado precioso, demasiado grande para nos levar a tal nível. Nossa santa fé clama por separação. Não nos devemos conformar com o mundo, nem com professos crentes mortos, sem coração. "Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento." Romanos 12:2. Este é o caminho da renúncia. E quando pensarem que ele é demasiado estreito, que há demasiada abnegação neste caminho estreito; quando disserem: Quão duro é renunciar a tudo, dirijam a si mesmos a pergunta: Que renunciou Cristo por mim? Isso ofusca tudo quanto possamos chamar abnegação. TS1 82 1 Contemplem-nO no jardim, suando grandes gotas de sangue. Um solitário anjo é enviado do Céu para fortalecer o Filho de Deus. Sigam-nO à sala do julgamento, enquanto é ridicularizado, escarnecido e insultado por aquela turba enfurecida. Contemplem-nO vestido com o velho manto real de púrpura. Ouçam os gracejos vulgares e a zombaria cruel. Vejam-nos a colocarem naquela nobre fronte a coroa de espinhos, batendo-Lhe depois com a cana, fazendo com que os espinhos se Lhe enterrem nas fontes, o sangue a correr daquela fronte santa. Ouçam aquela turba assassina clamando ansiosamente pelo sangue do Filho de Deus. Ele é entregue em suas mãos, e conduzem dali o nobre Sofredor, pálido, fraco, desfalecido, ao lugar de Sua crucifixão. É estendido no madeiro, e os cravos são-Lhe enterrados nas tenras mãos e pés. Contemplem-nO pendurado na cruz durante aquelas horríveis horas de agonia, a ponto de os anjos velarem o rosto para ocultá-lo da horrorosa cena, e o Sol esconder sua luz, recusando-se a contemplá-la. Pensem nessas coisas, e então perguntem: É o caminho demasiado estreito? Não, não. Interesses divididos TS1 82 2 Em uma vida dividida, com interesses conflitantes, encontrarão dúvidas e obscuridade. Não poderão fruir as consolações da religião, nem a paz que o mundo oferece. Não se assentem na cadeira de descanso de Satanás, do pouco-fazer, mas ergam-se, e mirem à elevada norma que é privilégio seu atingir. Bendito é o privilégio de renunciar a tudo por Cristo. Não olhem a vida de outros nem os imitem, sem se elevar mais acima. Tendes um só Modelo verdadeiro, infalível. Só é seguro seguir a Jesus. Decidi que, se outros procedem segundo o princípio da indolência espiritual, vós os deixareis, e marchareis adiante, rumo à elevação de um caráter semelhante ao de Cristo. Formai um caráter para o Céu. Não é seguro dormir em seu posto. Lidai fiel e sinceramente com a própria alma. Tendes condescendendo com um mal que ameaça destruir a espiritualidade. Isso eclipsará toda a beleza e interesse das páginas sagradas. Esse mal é o apego aos livros de histórias, contos e outras leituras que não exercem influência para o bem na mente que, de qualquer maneira, se acha consagrada ao serviço de Deus. Isso produz uma estimulação falsa e má, deturpa a imaginação, incapacita a mente para a utilidade e para qualquer exercício espiritual. Separa a alma da oração e do amor das coisas espirituais. A leitura que derrame luz sobre o volume sagrado e estimule o desejo de estudá-lo e a diligência em fazê-lo, não é perigosa, antes benéfica. Vós me fostes apresentados com os olhos desviados do Sagrado Livro, e atentamente fixos em livros excitantes, que são morte para a religião. Quanto mais freqüentemente e com mais diligência examinarem atentamente as Escrituras, tanto mais belas parecerão, e menos gosto hão de ter pelas leituras leves. O estudo diário da Bíblia exercerá santificadora influência sobre o espírito. Hão de respirar uma atmosfera celeste. Uni esse precioso volume ao coração. Ele se demonstrará amigo e guia na perplexidade. TS1 83 1 Tivestes objetivos na vida, e com quanta firmeza e perseverança trabalhastes para alcançá-los! Calculastes e planejastes até que se realizassem as expectativas. Há diante de vós agora um objetivo digno de esforço infatigável de toda uma existência. É a salvação da alma -- a vida eterna. E isso requer abnegação, sacrifício e cuidadoso estudo. Podeis ser purificados e enobrecidos. Falta-vos a salvadora influência do Espírito de Deus. Tendes misturado com os companheiros, e esquecestes de que mencionam o nome de Cristo. Procedeis e vestis como eles. "Saí e separai-vos" TS1 83 2 Irmã K., vi que a senhora tem uma obra a fazer. Precisa morrer para o orgulho, e pôr todo o seu interesse na verdade. Seu interesse eterno depende da direção que a for escolhida agora. Caso queira obter a vida eterna, precisa viver para ela, e negar-se a si mesma. Saia do mundo, e separe-se. Sua vida deve ser assinalada pela sobriedade, vigilância e oração. Os anjos observam o desenvolvimento do caráter e pesam o valor moral. Todas as nossas palavras e atos passam em revista diante de Deus. É um tempo terrível, solene. A esperança da vida eterna não deve ser nutrida sobre frágeis fundamentos; ela deve ser assentada entre Deus e sua própria pessoa. Alguns confiam no juízo e na experiência de outros, em vez de se darem ao trabalho de um profundo exame do próprio coração, e passam meses e anos sem um testemunho do Espírito de Deus ou uma prova de Sua aceitação. Enganam-se a si mesmos. Têm uma suposta esperança, mas carecem das qualidades essenciais a um cristão. Primeiro, deve haver uma obra profunda no coração, depois as maneiras tomarão aquele elevado e nobre caráter que assinala os verdadeiros seguidores de Cristo. Exige esforço e valor moral o viver nossa fé. TS1 84 1 O povo de Deus é peculiar. Seu espírito não se pode misturar com o espírito e a influência do mundo. A senhora não deseja usar o nome de cristã, e todavia ser indigna dele. Não deseja encontrar-se com Cristo tendo meramente uma profissão de fé. Não deseja estar enganados em questão de tanta importância. Examine plenamente a base de sua esperança. Lide sinceramente com a alma. Uma suposta esperança jamais a salvará. Acaso já calculou o preço? Temo que não. Decidi agora se há de seguir a Cristo custe o que custar. Não se pode fazer isso e ainda desfrutar da companhia dos que não dão atenção às coisas divinas. Seu espírito e o deles não se podem misturar mais do que o fariam o azeite e água. TS1 84 2 Grande coisa é ser filho de Deus, e co-herdeiro de Cristo. Caso seja este o seu privilégio, a senhora conhecerá a comunicação das aflições de Cristo. Deus olha para o coração. 1 Samuel 16:7. Vi que a senhora deve buscá-Lo diligentemente, e elevar sua norma de piedade a mais alto nível, do contrário deixará por certo de alcançar a vida eterna. Talvez pergunte: "Viu a irmã White isto?" Sim; e procurei expô-lo diante da senhora, e dar as impressões que me foram transmitidas. Que o Senhor a ajude a dar ouvidos. TS1 85 1 Prezados irmãos, velai por vossos filhos com muito cuidado. O espírito e a influência do mundo estão destruindo neles todo o desejo de serem genuínos cristãos. Que a vossa influência seja no sentido de os desviar dos jovens companheiros que não têm interesse nas coisas divinas. Eles precisam fazer um sacrifício, se quiserem alcançar o Céu. TS1 85 2 Qual escolhereis, diz Cristo, a Mim ou ao mundo? Deus pede incondicional entrega do coração e das afeições. Se amais aos amigos, aos irmãos e irmãs, ao pai ou a mãe, casas ou terras, mais do que a Mim, diz Ele, não sois dignos de Mim. A religião põe a alma sob a maior das obrigações quanto aos seus reclamos, de andar em seus princípios. Como a bússola aponta ao norte, assim apontam os reclamos da religião à glória de Deus. Por vossos votos batismais, vos achais obrigados a honrar a vosso Criador, e a negar-vos resolutamente a vós mesmos e a crucificar vossas afeições e concupiscências, levando até os vossos pensamentos em obediência à vontade de Cristo. -- Testimonies for the Church 3:45 (1872). TS1 85 3 Vosso mundanismo não vos dispõe a abrir completamente a porta de vosso duro coração ao bater de Jesus, que aí busca entrar. O Senhor da glória, que vos redimiu pelo próprio sangue, estava à vossa porta esperando entrada; mas não a abristes francamente, convidando-O a entrar. Alguns entreabriram a porta, deixando entrar um pouco da luz de Sua presença, mas não deram as boas-vindas ao Visitante celeste. Não havia lugar para Jesus. O lugar que Lhe devia ter sido reservado, estava ocupado com outras coisas. Jesus vos rogava: "Se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20. Havia uma obra a ser feita por vós para abrir a porta. Por algum tempo vos sentistes inclinados a ouvir e a abrir; mas mesmo essa inclinação se foi, e deixastes de obter a comunhão com o Hóspede celeste que vos era dado o privilégio de receber. Alguns, todavia, abriram a porta, acolhendo de coração a seu Salvador. -- Testimonies for the Church 2:216, 217 (1869). ------------------------Capítulo 19 -- Grande aflição futura TS1 87 1 Vi na Terra maior aflição do que nunca testemunhamos. Ouvi gemidos e gritos de aflição, e vi grandes grupos em diligente batalha. Ouvi o troar do canhão, o retinido das armas, a luta corpo a corpo, e os gemidos e orações dos moribundos. O campo estava coberto de feridos e cadáveres. Vi famílias desoladas, em desespero, e opressiva necessidade em muitas habitações. Mesmo agora, muitas famílias estão sofrendo privações, mas isto aumentará. O rosto de muitos estava macilento, pálido e desfeito pela fome. TS1 87 2 Vi que o povo de Deus deve estar estreitamente unido pelos laços da comunhão e do amor cristãos. Unicamente Deus pode ser nosso escudo e fortaleza nesse tempo de calamidades nacionais. O povo de Deus deve despertar. Suas oportunidades de disseminar a verdade devem ser melhor aproveitadas, pois não durarão muito. Foram-me mostradas aflições e perplexidade e fome na Terra. Satanás está agora procurando manter o povo de Deus em um estado de inatividade, para os impedir de desempenhar sua parte na propagação da verdade, a fim de que sejam afinal pesados na balança e encontrados em falta. TS1 87 3 O povo de Deus deve acatar a advertência e discernir os sinais dos tempos. Os sinais da vinda de Cristo são demasiado claros para deles se duvidar; e em vista destas coisas, todo aquele que professa a verdade deve ser um pregador vivo. Deus chama a todos, tanto os pregadores como o povo, para que despertem. Todo o Céu está alerta. As cenas da história terrestre estão em rápido desfecho. Achamo-nos entre os perigos dos últimos dias. Maiores perigos se encontram diante de nós, e ainda não estamos despertos. Esta falta de atividade e fervor na causa de Deus, é terrível. Este mortal torpor vem de Satanás. Ele controla a mente dos não consagrados observadores do sábado, levando-os a terem suspeitas uns dos outros, a criticar, a serem censores. É sua obra especial dividir os corações, para que a influência, a força e o trabalho dos servos de Deus se mantenham entre não consagrados observadores do sábado, e seu precioso tempo seja ocupado em ajustar pequenas desinteligências, quando devia ser empregado em proclamar a verdade aos incrédulos. Tempo de agir TS1 88 1 Foi-me mostrado o povo de Deus esperando que ocorresse alguma mudança -- que um compulsivo poder deles se apoderasse. Mas ficarão decepcionados, pois estão em erro. Precisam agir; precisam lançar por si mesmos mãos ao trabalho, e clamar fervorosamente a Deus por um genuíno conhecimento de si próprios. As cenas que estão passando diante de nós, são de magnitude suficiente a fazer-nos despertar, levando insistentemente a verdade ao coração de todos os que quiserem escutar. A seara da Terra está quase madura. TS1 88 2 Foi-me mostrado quão importante é que sejam retos os pastores que se empenham nesta obra de responsabilidade solene, que é proclamar a terceira mensagem angélica. O Senhor não está limitado por causa de meios ou instrumentos com que realizar Sua obra. Ele pode falar em qualquer tempo, por intermédio de quem Lhe aprouver, e Sua palavra é poderosa, e cumprirá aquilo para que foi enviada. Mas se a verdade não tiver santificado, tornado puros e limpos as mãos e o coração daquele que ministra nas coisas santas, ele é capaz de falar segundo sua própria e imperfeita experiência; e quando ele fala de si mesmo, segundo as decisões de seu próprio juízo não santificado, o conselho que dele procede então não é de Deus, mas dele próprio. Como o que é chamado por Deus é chamado para ser santo, assim aquele que é aprovado e separado dentre os homens deve dar testemunho de sua santa vocação, e mostrar por suas palavras e conduta que é fiel Àquele que o chamou. TS1 89 1 Terríveis ais aguardam os que pregam a verdade, mas não são por ela santificados, e também os que consentem em receber e manter os não santificados para lhes ministrar por palavra e doutrina. Sinto-me alarmada pelo povo de Deus, o qual professa crer em solene e importante verdade; pois sei que muitos deles não se acham convertidos nem santificados por ela. Os homens podem ouvir e reconhecer toda a verdade, sem todavia conhecer coisa alguma do poder da piedade. Nem todos os que pregam a verdade, serão salvos por ela. Disse o anjo: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Isaías 52:11. TS1 89 2 É chegado o tempo em que os que escolhem ao Senhor como sua presente e futura porção, devem confiar unicamente nele. Todos quantos professam piedade devem possuir uma experiência individual. O anjo relator está fazendo um registro fiel das palavras e atos do povo de Deus. Os anjos estão observando o desenvolvimento do caráter, e pesando o valor moral. Os que professam crer na verdade devem ser, eles mesmos, justos, e exercer toda a sua influência para esclarecer e ganhar outros para a verdade. Suas palavras e obras são o veículo através do qual são transmitidos ao mundo os puros princípios da verdade e da santidade. Eles são o sal da Terra, e a sua luz. TS1 89 3 Vi que olhando em direção ao Céu, veremos luz e paz; olhando, porém, ao mundo, verificaremos que todo o refúgio nos há de faltar em breve, e todo o bem brevemente passará. Não há para nós socorro senão em Deus; neste estado de confusão da Terra, só nos é possível estar serenos, fortes, ou seguros, no poder de uma fé viva; nem podemos estar em paz, a não ser que descansemos em Deus e esperemos em Sua salvação. Incide sobre nós maior luz do que brilhou sobre nossos pais. Não podemos ser aceitos ou honrados por Deus prestando o mesmo serviço, ou fazendo as mesmas obras que nossos pais. A fim de ser aceitos e abençoados por Deus como eles foram, cumpre-nos imitar sua fidelidade e seu zelo -- aperfeiçoemos nossa luz como eles fizeram à sua -- e façamos como eles teriam feito caso vivessem em nossos dias. TS1 90 1 Cumpre-nos viver segundo a luz que brilha sobre nós, do contrário, essa luz tornar-se-á em trevas. Deus exige de nós que manifestemos ao mundo, no caráter e nas obras a medida do espírito de união e unidade proporcional às sagradas verdades que professamos, e ao espírito das profecias que se estão cumprindo nestes últimos dias. A verdade que atingiu nosso entendimento e a luz que nos incidiu sobre a alma nos julgará e condenará, caso dela nos desviemos e recusemos ser por ela guiados. As terríveis cenas diante de nós TS1 90 2 Que direi a fim de despertar o povo remanescente de Deus? Foi-me mostrado que estão diante de nós terríveis cenas; Satanás e seus anjos estão reunindo todas as suas forças para oprimir o povo de Deus. Sabe que, se eles dormirem um pouco mais, está seguro quanto a eles, pois é certa sua destruição. Advirto a todos os que professam o nome de Cristo a que se examinem rigorosamente, e façam plena e cabal confissão de todos os seus erros, a fim de que os mesmos vão antecipadamente a juízo, e o anjo relator possa escrever ao lado de seus nomes o perdão. Meu irmão, minha irmã, caso estes preciosos momentos de misericórdia não sejam aproveitados, sereis deixados sem desculpa. Se não fizerdes especial esforço para despertar, se não manifestardes zelo em vos arrepender, esses áureos momentos em breve passarão, e sereis pesados na balança e achados em falta. Então de nada hão de aproveitar vossos brados de angústia. Aí se aplicarão as palavras do Senhor: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a Minha mão, e não houve quem desse atenção; antes rejeitasses todo o Meu conselho, e não quisestes a Minha repreensão; também Eu Me rirei na vossa perdição, e zombarei, vindo o vosso temor. Vindo como assolação o vosso temor, e vindo a vossa perdição como tormenta, sobrevindo-vos aperto e angústia, então a Mim clamarão, mas Eu não responderei; de madrugada Me buscarão, mas não Me acharão. Porquanto aborreceram o conhecimento; e não preferiram o temor do Senhor; não quiseram o Meu conselho, e desprezaram toda a Minha repreensão. Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o desvio dos simples os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará seguramente, e estará descansado do temor do mal." Provérbios 1:24-33. ------------------------Capítulo 20 -- Dever para com os pobres TS1 92 1 São com freqüência feitas perguntas com respeito a nosso dever para com os pobres que abraçam a terceira mensagem angélica; e nós mesmos temos por muito tempo estado ansiosos de saber como lidar prudentemente no caso de famílias pobres que abraçam o sábado. Enquanto nos achávamos em Roosevelt, Nova Iorque, porém, a 3 de Agosto de 1861, foram-me mostradas algumas coisas relativamente aos pobres. TS1 92 2 Deus não exige que nossos irmãos tomem a seu cargo toda família pobre que abraça a mensagem. Caso o fizessem, os pastores teriam de deixar de entrar em novos campos, pois os fundos ficariam esgotados. Muitos são pobres devido a sua própria falta de diligência e economia; eles não sabem manejar devidamente os recursos. Se fossem ajudados, isto lhes seria prejudicial. Alguns serão sempre pobres. Caso lhes fossem proporcionadas as melhores vantagens, isto não os ajudaria. Eles não calculam bem, e gastariam todos os meios que pudessem obter, fossem muitos ou poucos. TS1 92 3 Alguns nada sabem do que seja renúncia e economia para se manterem livres de dívidas, e juntarem um pouco para uma ocasião de necessidade. Se a igreja devesse ajudar tais pessoas em vez de deixá-las contar com os próprios recursos, isto afinal as prejudicaria; pois olham à igreja, e esperam receber auxílio dela, e não exercem abnegação e economia quando estão bem providas. E se não receberem auxílio de cada vez, Satanás as tenta e ficam suspeitosas, e muito escrupulosas por seus irmãos, temendo que eles deixem de fazer tudo quanto é seu dever para com elas. O erro está de seu próprio lado. Acham-se enganadas. Não são os pobres do Senhor. TS1 93 1 As instruções dadas na Palavra de Deus quanto a ajudar os pobres, não dizem respeito a esses casos, mas aos infortunados e aflitos. Em Sua providência, Deus tem pessoas aflitas a fim de provar a outros. As viúvas e os inválidos estão na igreja para se demonstrarem uma bênção para ela. Fazem parte dos meios escolhidos por Deus para desenvolver o verdadeiro caráter dos professos seguidores de Cristo, e pôr em exercício os preciosos traços de caráter manifestados por nosso compassivo Redentor. Viúvas, órfãos e inválidos TS1 93 2 Muitos que mal podem viver enquanto solteiros, decidem casar-se e constituir família, quando sabem que nada têm com que a sustentar. E pior ainda, não têm governo de família. Toda a sua orientação na mesma é assinalada por seus hábitos frouxos, negligentes. Pouco é o domínio que exercem sobre si mesmos, são apaixonados, impacientes e irritadiços. Quando essas pessoas abraçam a mensagem, sentem-se com direito à assistência de seus irmãos mais privilegiados; e se sua expectativa não é satisfeita, queixam-se da igreja, e acusam os irmãos de não viverem segundo a fé. Quais devem ser os sofredores nesse caso? Deve a causa de Deus ser saqueada e esgotado o tesouro em muitos lugares, para cuidar dessas grandes famílias pobres? Não. Os pais é que devem sofrer. Em geral eles não sofrerão mais necessidade depois de abraçarem o sábado, do que sofriam antes. TS1 93 3 Há entre os pobres um mal que, a menos que o vençam, se demonstrará por certo sua ruína. Eles abraçaram a verdade com seus hábitos vulgares, rudes, não cultivados, e leva tempo até que vejam e compreendam sua vulgaridade, e que ela não está em harmonia com o caráter de Cristo. Olham para outros que são mais bem ordenados e mais polidos, como sendo orgulhosos, e podeis ouvi-los dizer: "A verdade nos abaixa todos ao mesmo nível." É, porém, completo engano pensar que a verdade abaixa a quem a recebe. Ela o eleva, apura-lhe o gosto, santifica-lhe o discernimento e, caso seja vivida, vai continuamente habilitando-o para a sociedade dos santos anjos na cidade de Deus. A verdade destina-se a elevar-nos todos a um nível. TS1 94 1 Os mais capazes devem sempre desempenhar uma nobre e generosa parte em seu trato com os irmãos mais pobres, e dar-lhes também bons conselhos, e deixá-los então combater o combate da vida. Foi-me mostrado, porém, que repousa sobre a igreja um soleníssimo dever de cuidar especialmente das viúvas pobres, dos órfãos e dos inválidos. TS1 94 2 Muitos dos que professam a verdade não são santificados por ela, e não terão mais coração para abaixar um pouco que seja nos preços dos produtos quando tratando com um irmão pobre do que o fariam para um mundano em boas condições. Não amam a seu próximo como a si mesmos. Seria mais agradável a Deus se houvesse menos egoísmo e mais desinteressada beneficência. -- Testimonies for the Church 2:51 (1868). ------------------------Capítulo 21 -- O espiritismo TS1 95 1 Minha atenção foi dirigida a este texto, como se aplicando especialmente ao espiritismo moderno. "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." Colossences 2:8. Milhares, foi-me mostrado, têm-se estragado mediante a filosofia da frenologia e do magnetismo animal, sendo impelidos à infidelidade. Caso a mente comece a soltar-se neste sentido, é quase certo ela perder o seu equilíbrio e ser controlada por um demônio. "Vãs sutilezas" enchem a mente dos pobres mortais. Pensam que há em si mesmos tal poder para realizarem grandes obras, que não sentem nenhuma necessidade de um poder superior. Seus princípios e sua fé são "segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". Colossences 2:8. TS1 95 2 Jesus não lhes ensinou tal filosofia. Coisa alguma dessa espécie se pode encontrar em Seus ensinos. Ele não encaminhou a mente dos pobres mortais para si mesmos, a um poder possuído por eles próprios. Estava sempre a dirigir-lhes o espírito para Deus, o Criador do Universo, como fonte de sua força e sabedoria. Especial advertência é feita no versículo 18: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão." Colossences 2:18. TS1 95 3 Os mestres do espiritismo aproximam-se de maneira agradável e fascinante para vos iludirem, e caso lhes deis ouvidos às fábulas, sois seduzidos pelo inimigo da justiça, e perdereis por certo vossa recompensa. Uma vez que a fascinadora influência do arquienganador chegue a vencer-vos, estais envenenados, e sua mortífera influência adultera e destrói vossa fé em Cristo como o Filho de Deus, e deixais de confiar nos méritos de Seu sangue. Os que são enganados por esta filosofia, são iludidos quanto a sua recompensa, por meio dos enganos de Satanás. Confiam nos próprios méritos, exercem voluntária humildade, estão mesmo dispostos a fazer sacrifícios e rebaixam-se, e subordinam a mente à crença do supremo absurdo, recebendo as mais absurdas idéias por intermédio daqueles que acreditam ser seus queridos mortos. De tal forma lhes cegou Satanás os olhos e lhes perverteu o discernimento, que não percebem o mal; e seguem as instruções supondo serem de seus amados mortos, agora feitos anjos em uma esfera superior. TS1 96 1 Satanás escolheu uma ilusão que é seguramente muito fascinante, ilusão talhada para apoderar-se da simpatia dos que depositaram no sepulcro entes queridos. Anjos maus tomam a forma dessas pessoas queridas, relatam incidentes relacionados com sua vida, fazem coisas que seus amigos costumavam fazer quando vivos. Por esta maneira, enganam e levam os parentes do falecido a crer que seus queridos mortos são anjos que estão ao seu redor, e com eles comunicam. Estes são por eles considerados com certa idolatria, e o que eles disserem tem sobre eles maior influência do que a Palavra de Deus. TS1 96 2 Estes anjos maus que se fazem passar por amigos mortos, ou rejeitam inteiramente a Palavra de Deus como contos ociosos, ou, se lhes convém mais aos desígnios, procuram os pontos vitais que testificam de Cristo e apontam o caminho para o Céu, e mudam as positivas declarações da Palavra de Deus a fim de se ajustarem a sua própria natureza corrupta e arruinarem as almas. Com a devida atenção para com a Palavra de Deus, todos se podem convencer, se quiserem, desta ilusão destruidora da alma. A Palavra de Deus declara em termos positivos que "os mortos não sabem coisa nenhuma". Eclesiastes 9:5, 6: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol." Aventurar-se no terreno de Satanás TS1 97 1 Iludidos mortais adoram os anjos maus, acreditando que eles são os espíritos de seus queridos mortos. A Palavra de Deus declara expressamente que os mortos não têm mais parte em coisa alguma do que se faz debaixo do Sol. Os espíritos dizem que os mortos sabem tudo que se faz debaixo do Sol; que eles se comunicam com seus amigos na Terra, dão valiosas informações, e realizam maravilhas. "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio." Salmos 115:17. Transformado em anjo de luz, Satanás opera com todo o engano da injustiça. Aquele que pôde tomar o Filho de Deus -- feito um pouco menor do que os anjos -- e colocá-Lo no pináculo do templo, e levá-lo a uma elevadíssima montanha para apresentar diante dele os reinos deste mundo, é capaz de exercer seu poder sobre a família humana, grandemente inferior ao Filho de Deus em força e sabedoria, mesmo depois de Se haver Ele revestido da natureza do homem. TS1 97 2 Nesta época degenerada Satanás mantém controle sobre os que se afastam do direito e se arriscam em seu território. Sobre esses ele exerce seu domínio de maneira alarmante. Foi-me chamada a atenção para estas palavras: "Metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão." Colossences 2:18. Alguns, foi me mostrado, satisfazem sua curiosidade, e metem-se com o diabo. Não têm realmente fé no espiritismo, e recuariam horrorizados à idéia de serem médiuns. Aventuram-se, todavia, e colocam-se em posição em que Satanás pode exercer poder sobre eles. Estes não pretendem aprofundar-se nessa obra; mas não sabem o que estão fazendo. Estão-se aventurando no terreno do diabo, e tentam-no a controlá-los. Esse poderoso destruidor os considera sua legítima presa, e sobre eles exerce domínio, e isto contra a vontade deles. Quando se querem governar, não podem. Subordinam a mente a Satanás, e ele não cede seus direitos, mas mantém-nos cativos. Coisa alguma pode libertar a alma enredada, senão o poder de Deus, em resposta às fervorosas orações de Seus fiéis seguidores. A única segurança TS1 98 1 A única segurança agora, é procurar como a tesouro escondido a verdade, tal como se acha revelada na Palavra de Deus. Os assuntos do sábado, da natureza do homem, e do testemunho de Jesus, eis as grandes e importantes verdades a serem compreendidas; estas se demonstrarão qual âncora para firmar o povo de Deus nestes tempos perigosos. A massa da humanidade, porém, despreza as verdades da Palavra de Deus, e prefere as fábulas. 2 Tessalonicenses 2:10, 11: "Porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira." TS1 98 2 Os mais licenciosos e corruptos são altamente lisonjeados por esses espíritos satânicos, que eles crêem ser o espírito de seus queridos mortos, e estão inutilmente inchados em sua compreensão carnal. "E não ligado à Cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus" (Colossences 2:19), eles negam Aquele que ministra força ao corpo, para que todo membro vá crescendo em aumento de Deus. TS1 98 3 Vã filosofia. Os membros do corpo são regidos pela cabeça. Os espíritas põem de lado a Cabeça, e crêem que todos os membros do corpo devem agir por si mesmos, e que leis fixas os levarão a um estado progressivo de perfeição sem uma cabeça. João 15:1, 2, 4-6: "Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o lavrador. Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto." "Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em Mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem." TS1 99 1 Cristo é a fonte de nossa força. Ele é a videira, nós as varas. Devemos receber nutrição da Videira viva. Privados da força e nutrição dessa Videira, somos como membros do corpo sem a cabeça, e encontramo-nos justamente na posição em que Satanás nos deseja ver, a fim de poder controlar-nos segundo lhe aprouver. Ele opera "com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira." 2 Tessalonicenses 2:10, 11. O espiritismo é uma mentira. Baseia-se na grande mentira original: "Certamente não morrereis." Gênesis 3:4. Milhares de pessoas separam-se da Cabeça, e o resultado é que os membros agem sem a cabeça, Jesus, e outro lhes dirige o corpo. São controlados por Satanás. TS1 99 2 Foi-me mostrado que Satanás não pode controlar a mente, a menos que ela seja submetida a sua direção. Os que se afastam do direito acham-se agora em sério risco. Separam-se de Deus e do vigilante cuidado de Seus anjos, e Satanás, sempre alerta para destruir almas, começa a apresentar-lhes seus enganos. Essas pessoas estão em extremo perigo; e se elas vêem isto e procuram resistir aos poderes das trevas e libertar-se dos laços do inimigo, não é coisa fácil consegui-lo. Aventuraram-se a entrar no terreno de Satanás, e ele as reclama. Não hesitará em empenhar todas as suas energias, e chama em seu auxílio todas as suas hostes malignas a fim de arrebatar um único ser humano que seja, das mãos de Cristo. TS1 99 3 Os que têm tentado o diabo a tentá-los, terão de fazer desesperados esforços para se libertarem de seu poder. Quando, porém, começam a trabalhar por si mesmos, então os anjos de Deus, a quem eles ofenderam, virão em seu socorro. Satanás e seus anjos não querem perder a presa. Contendem e batalham com os santos anjos, e renhida é a luta. Mas, se os que erraram continuam a suplicar e, em profunda humildade, confessam seus erros, anjos magníficos em poder prevalecerão e os arrebatarão do poder dos anjos maus. TS1 100 1 Ao ser erguida a cortina, e ser-me mostrada a corrupção deste século, meu coração enfermou, meu espírito quase desfaleceu dentro de mim. Vi que os habitantes da Terra estavam enchendo a medida da taça da iniqüidade. A ira de Deus está acesa, e não mais se acalmará até que os pecadores sejam destruídos da Terra. Satanás é o inimigo pessoal de Cristo. É o originador e líder de todas as espécies de rebelião no Céu e na Terra. Sua ira aumenta; não lhe avaliamos o poder. TS1 100 2 Caso nos fossem abertos os olhos para ver os anjos maus em operação junto dos que se sentem à vontade e se consideram seguros, não nos sentiríamos tão em segurança. Os anjos maus nos estão nos calcanhares a cada momento. Da parte dos homens ímpios esperamos prontidão para agir segundo as sugestões do maligno; mas, quando temos o espírito desapercebido contra seus invisíveis agentes, eles ocupam novo território, e operam maravilhas e milagres a nossa vista. Estamos nós preparados para resistir-lhes pela Palavra de Deus, a única arma com que podemos ser bem-sucedidos? TS1 100 3 Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de Deus. Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? Não serão muitas almas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, o espírito de muitos se está preparando para receber esses milagres de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo apoiado pela oração e aplicado praticamente, será nossa proteção contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo. ------------------------Capítulo 22 -- A religião na família TS1 101 1 Foi-me mostrada a posição elevada e de responsabilidade que o povo de Deus deve ocupar. Eles são o sal da Terra e a luz do mundo, e devem andar assim como Cristo andou. Hão de passar por grande tribulação. O presente é um tempo de luta e prova. Diz nosso Salvador: "Ao quem vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:21. A recompensa não é dada a todos quantos professam ser seguidores de Cristo, mas aos que vencerem assim como Ele venceu. Devemos estudar a vida de Cristo, e aprender o que seja confessá-Lo diante do mundo. TS1 101 2 Se devemos confessar a Cristo, precisamos tê-Lo para confessar. Ninguém pode confessar verdadeiramente a Cristo a menos que nele estejam a mente e o espírito de Cristo. Se uma forma de piedade ou certo conhecimento da verdade fossem sempre confessar a Cristo, poderíamos dizer: Largo é o caminho que conduz à vida, e muitos há que o encontram. Precisamos compreender o que seja confessar a Cristo, e em que O negamos. É possível confessar a Cristo com os lábios, todavia negá-Lo com as obras. Os frutos do Espírito manifestados na vida, são uma confissão dEle. Se abandonamos tudo por Cristo, nossa vida será humilde, nossa conversação de caráter celeste, irrepreensível nossa conduta. A poderosa e purificadora influência da verdade na alma, e o caráter de Cristo exemplificado na vida, são uma confissão de nossa fé nEle. Se as palavras da vida eterna se acham semeadas em nosso coração, os frutos são justiça e paz. TS1 101 3 Podemos negar a Cristo em nossa vida pela condescendência com o comodismo e o amor-próprio, por gracejos e chocarrices, e por buscar as honras mundanas. Podemos negá-Lo por nossa aparência exterior, pela conformidade com o mundo, por um ar orgulhoso ou vestes custosas. Unicamente por meio de constante vigilância e perseverante e quase contínua oração, poderemos manifestar em nossa vida o caráter de Cristo ou a santificadora influência da verdade. Muitos afugentam a Cristo de sua família por meio de um espírito impaciente e apaixonado. Estes têm alguma coisa a vencer nesse sentido. TS1 102 1 Foi-me apresentada a condição de fraqueza atual da família humana. Cada geração se tem vindo enfraquecendo mais, e a raça humana é afligida por toda forma de enfermidade. Milhares de pobres mortais de corpos deformados, doentios, nervos em frangalhos e mente cheia de sombras, vão arrastando uma existência miserável. Cresce o poder de Satanás sobre a família humana. Não viera em breve o Senhor e destruísse o seu poder, e não tardaria que a Terra estivesse despovoada. TS1 102 2 Foi-me mostrado que o poder de Satanás é exercitado especialmente sobre o povo de Deus. Foram-me apresentados muitos em uma condição duvidosa, desesperadora. As enfermidades do corpo afetam a mente. Nossos passos são seguidos por um inimigo astuto e poderoso, o qual emprega sua força e habilidade em procurar desviar-nos do caminho reto. E demasiadas vezes acontece que o povo de Deus não está em guarda, ignorando-lhe portanto os ardis. Ele opera por meios que melhor o ocultem à vista, conseguindo muitas vezes seu objetivo. TS1 102 3 Irmãos têm empregado recursos em direitos de patentes e outros empreendimentos, e têm induzido a se interessarem outras pessoas que não podiam resistir à perplexidade e ao cuidado de tais negócios. Sua mente ansiosa, sobrecarregada, afetou seriamente o corpo, já combalido, e elas se entregaram ao desânimo, chegando ao desespero. Perdem toda a confiança em si mesmas, e pensam que Deus as desamparou, não ousando crer que lhes faça misericórdia. Estas pobres almas serão abandonadas ao domínio de Satanás. Encontrarão caminho para sair das trevas, e novamente firmarão a trêmula fé nas promessas de Deus; Ele as livrará, e transformará a dor e o pranto em paz e alegria. Essas pessoas, porém, foi-me mostrado precisam aprender pelo que sofrem, a deixar em paz os direitos de patentes e essas várias empresas. Não devem permitir tampouco que seus irmãos com lisonjas os atraiam para tais empreendimentos; pois o que antecipam não se realizará, e depois serão lançadas no campo de batalha do inimigo, desarmadas para a luta. TS1 103 1 Os meios que devem ser postos no tesouro de Deus para levar avante Sua causa, são mais que perdidos ao serem empregados em alguns desses empreendimentos modernos. Se pessoas que professam a verdade se sentem livres para se empenharem nesses direitos de patente e nessas invenções, e capazes de fazê-lo, não devem andar pelo meio de seus irmãos, deles fazendo seu campo de operação, antes procurem os incrédulos. Que o vosso nome e vossa profissão de fé adventista não seduzam os irmãos que desejam consagrar a Deus os recursos de que dispõem. Ide de preferência ao mundo, e que empregue seus meios aquela classe que não se importa com o avançamento da causa do Senhor. TS1 103 2 Foi-me mostrada a necessidade de abrir as portas de nossa casa e coração ao Senhor. Quando começarmos a trabalhar fervorosamente por nós mesmos e nossa família, então teremos auxílio de Deus. Foi-me mostrado que simplesmente observar o sábado e orar pela manhã e à noite, não são positivas provas de sermos cristãos. Estas formas exteriores podem ser todas estritamente observadas, e ainda faltar a verdadeira piedade. Tito 2:14: "O qual Se deu a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras." Todos os que professam ser seguidores de Cristo, devem dominar o próprio espírito, não se permitindo falar impaciente, irritadamente. O marido e pai deve conter aquela palavra impaciente que está prestes a deixar escapar; ponderar o efeito de suas palavras, para que não deixem tristeza e mancha. TS1 103 3 As enfermidades e moléstias afetam especialmente às mulheres. A felicidade da família depende muito da esposa e mãe. Se ela é fraca e nervosa, e é deixada com sobrecarga de trabalho, a mente fica deprimida, pois sofre com a fadiga do corpo; e depois ela encontra muito freqüentemente a fria reserva do marido. Se tudo não corre tão bem como ele possa desejar, censura a esposa e mãe. Vive quase alheio a seus cuidados e cargas, e nem sempre sabe como simpatizar com ela. Não compreende que está cooperando com o grande inimigo em seu trabalho de derribar. O esposo considerado TS1 104 1 Pela fé em Deus ele deve erguer um estandarte contra Satanás; mas parece cego aos próprios interesses e aos da esposa. Trata-a com indiferença. Não sabe o que está fazendo. Está trabalhando exatamente contra sua própria felicidade, e destruindo a felicidade de sua família. A esposa fica desalentada e abatida. Desaparecem a esperança e satisfação. Ela prossegue desinteressada em sua rotina diária, porque vê que o trabalho precisa ser feito. Sua falta de alegria e bom ânimo faz-se sentir no círculo da família. Há muitas dessas míseras famílias nas fileiras dos observadores do sábado. Os anjos levam ao Céu a vergonhosa notícia, e o anjo relator faz o registro de tudo isso. TS1 104 2 O marido deve manifestar grande interesse em sua família. Em especial, deve ser muito delicado para com os sentimentos de uma esposa débil. Ele pode cerrar a porta a muita doença. Palavras bondosas, joviais, animadoras, demonstrar-se-ão mais eficazes do que os melhores remédios. Elas darão ânimo ao coração do desalentado e abatido, e a felicidade e a luz solar introduzidas na família por meio de atos de bondade e de palavras animadoras, recompensarão multiplicadamente o esforço feito. TS1 104 3 O marido deve lembrar que muito da responsabilidade de educar as crianças recai sobre a mãe; que ela tem muito que ver com o moldar-lhes o espírito. Isto deve chamar à atividade da parte dele os mais delicados sentimentos, fazendo-o aliviar cuidadosamente os fardos a sua esposa. Ele deve animá-la a descansar em sua ampla afeição, e encaminhar-lhe a mente ao Céu, onde há força e paz, e um repouso final para o cansado. Não deve voltar para casa com a fisionomia carregada, mas trazer com sua presença uma luz à família, e estimular a esposa a olhar para cima e confiar em Deus. Podem, unidos, invocar as promessas divinas, e atrair sobre a família Suas ricas bênçãos. As descortesias, queixas e zangas, excluem Jesus da habitação. Vi que os anjos de Deus fugirão de uma casa onde há palavras desagradáveis, irritação e contenda. A esposa bem-humorada TS1 105 1 Foi-me mostrado também que muitas vezes há grande falta da parte da esposa. Ela não exerce grandes esforços para reger o próprio espírito e tornar o lar feliz. Há muitas vezes, de sua parte, irritação e desnecessárias queixas. O marido chega em casa, do trabalho, fatigado e perplexo, e encontra um rosto carrancudo em lugar de palavras alegres e animadoras. Ele é apenas humano, e seu afeto retrai-se da esposa; perde o amor do lar, sua estrada fica obscurecida e destruído seu ânimo. Perde o respeito de si mesmo e aquela dignidade que Deus dele requer. O marido é a cabeça da família, como Cristo é a cabeça da igreja; e qualquer direção seguida pela esposa no sentido de diminuir-lhe a influência e fazê-lo descer daquela posição de dignidade e responsabilidade, é desagradável a Deus. É dever da esposa ceder seus desejos e sua vontade ao marido. Ambos devem estar dispostos a ceder, mas a Palavra de Deus dá preferência ao juízo do esposo. E não desmerecerá a dignidade da mulher ceder àquele a quem ela escolheu como seu conselheiro e protetor. TS1 105 2 O marido deve manter sua posição na família com toda a mansidão, todavia com decisão. Algumas mulheres têm perguntado: Devo eu estar em guarda e sentir continuamente uma restrição sobre mim? Foi-me mostrado que temos diante de nós uma grande obra quanto a esquadrinhar o próprio coração e vigiar-nos com cioso cuidado. Cumpre-nos saber onde faltamos, e então guardar-nos naquele ponto. Precisamos ter perfeito domínio sobre nosso espírito. "Se alguém não tropeça em palavras, o tal varão é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo." TS1 106 1 A luz que incide sobre nosso caminho, a verdade que se recomenda à nossa consciência, condenará e destruirá a alma, ou santificá-la-á e transformá-la-á. Vivemos demasiado perto do fim do tempo da graça, para nos satisfazermos com uma obra superficial. A mesma graça que até aqui temos considerado suficiente, não nos susterá agora. Nossa fé deve crescer, e temos de tornar-nos mais semelhantes a Cristo na conduta e na disposição, a fim de suportar, e resistir com êxito às tentações de Satanás. A graça de Deus é suficiente para todo seguidor de Cristo. Satanás ataca no lar TS1 106 2 Sinceros e perseverantes devem ser nossos esforços para resistir aos ataques de Satanás. Ele emprega sua força e habilidade em buscar desviar-nos do caminho reto. Observa nossa saída e nossa entrada, a fim de achar oportunidade de ferir-nos ou levar-nos à destruição. Trabalha mais eficazmente nas trevas, prejudicando os que são ignorantes de seus ardis. Não teria êxito caso seus métodos de ataque fossem bem compreendidos. Os instrumentos empregados por ele para efetuar seus desígnios e disparar seus dardos inflamados, são muitas vezes os membros de nossa própria família. TS1 106 3 Os que amamos falarão ou agirão talvez inadvertidamente, o que nos poderá ferir muito fundo. Não era sua intenção fazer isso, mas Satanás amplia-lhes as palavras e atos, disparando assim um dardo de sua aljava para ferir-nos. Retesamo-nos para resistir àquele que julgamos nos ter ofendido e, assim fazendo, estimulamos as tentações do inimigo. Em vez de orar a Deus pedindo força para resistir a Satanás, permitimos que nossa felicidade seja prejudicada com o tentar colocar-nos na defesa do que chamamos "nossos direitos". Concedemos assim dupla vantagem ao adversário. Agimos em harmonia com nossos sentimentos ofendidos, e Satanás serve-se de nós como instrumentos para ferir e afligir aqueles que não nos pretendiam ofender. As exigências do marido podem às vezes parecer irrazoáveis à esposa quando, se ela calma e candidamente considerasse melhor o assunto, no melhor aspecto possível para ele, veria que ceder sua própria vontade, e submeter-se ao juízo dele, mesmo que isto esteja em oposição aos seus sentimentos, poupá-los-ia ambos a desgostos, e lhes traria grande vitória sobre as tentações de Satanás. TS1 107 1 Vi que o inimigo contenderá, ou pela utilidade ou pela vida dos piedosos, e procurará perturbar-lhes a paz enquanto viverem neste mundo. Seu poder, porém, é limitado. Talvez ele faça com que o forno seja aquecido, mas Jesus e os anjos velarão pelo cristão confiante, para que nada seja consumido senão a escória. O fogo aceso por Satanás não pode ter poder para destruir ou prejudicar o metal verdadeiro. É importante cerrar todas as portas possíveis contra a entrada de Satanás. É o privilégio de toda família viver de tal maneira que Satanás não se aproveite de coisa alguma que façam ou digam para derribar um ao outro. Todo membro da família deve ter em mente que todos têm de fazer tanto quanto lhes for possível para resistir a nosso astuto inimigo, e com fervente oração e inabalável fé, cada um deve apoiar-se nos méritos do sangue de Cristo, e reclamar-Lhe o poder salvador. Andar pela fé TS1 107 2 Os poderes das trevas se adensam em torno da alma e excluem Jesus ao nosso olhar, e por vezes só nos é possível, em espanto e aflição, esperar até que as nuvens passem. São terríveis, por vezes, esses períodos. Parece falhar a esperança, e de nós se apoderar o desespero. Nessas horas tremendas, precisamos aprender a confiar, a depender unicamente dos méritos da expiação, e em toda a nossa impotente indignidade, lançar-nos sobre os méritos do Salvador crucificado e ressurgido. Nunca pereceremos enquanto assim fizermos -- nunca! Quando resplandece a luz em nossa estrada, não é grande coisa ser forte no poder da graça. Mas esperar pacientemente com esperança quando nos achamos rodeados de nuvens, e tudo parece escuro, requer fé e submissão que fazem com que nossa vontade seja absorvida pela vontade de Deus. Ficamos muito facilmente desanimados, e clamamos ansiosamente para que seja removida de nós a provação, quando devemos é pedir paciência para resistir e graça para vencer. TS1 108 1 Sem fé é impossível agradar a Deus. Podemos ter a salvação de Deus em nossa família, mas devemos crer neste sentido, viver neste sentido e ter constante, permanente fé e confiança em Deus. Cumpre submetermos um temperamento impulsivo, e dominar nossas palavras; e a esse respeito conseguiremos grandes vitórias. A menos que controlemos nossas palavras e nosso temperamento, somos escravos de Satanás. Achamo-nos sujeitos a ele. Ele nos leva cativos. Todas as palavras de contestação, palavras desagradáveis, impacientes, irritadas, são uma oferta feita a sua satânica majestade. E é uma custosa oferta, mais custosa do que qualquer sacrifício que possamos fazer a Deus; pois ela destrói a paz e a felicidade de famílias inteiras, destrói a saúde, e é afinal causa de perder-se uma vida eterna de felicidade. TS1 108 2 A restrição que a Palavra de Deus nos impõe, é para nosso próprio bem. Essa restrição aumenta a felicidade de nossa família e de todos os que nos rodeiam. Apura-nos o gosto, santifica-nos o juízo e traz paz de espírito e, no fim, a vida eterna. Sob essa santa restrição, cresceremos em graça e humildade, e tornar-se-á mais fácil falar retamente. O temperamento natural, apaixonado, será mantido em sujeição. A presença constante do Salvador em nosso íntimo nos fortalecerá a cada hora. Anjos ministradores demorar-se-ão em nossa morada, e levarão alegremente para o Céu as novas de nosso progresso na vida divina, e o anjo relator fará um registro animador e feliz. ------------------------Capítulo 23 -- Falsas idéias de santificação TS1 109 1 Deus está agora experimentando e provando o Seu povo. O caráter está sendo aperfeiçoado. Os anjos estão pesando o valor moral, e mantendo fiel relatório de todos os atos dos filhos dos homens. Entre o povo professo de Deus há corações corruptos; serão, porém, experimentados e provados. Aquele Deus que lê o coração de todos, trará à luz coisas ocultas das trevas onde muitas vezes menos delas se suspeitava, para que aquelas pedras de tropeço que têm prejudicado o progresso da verdade sejam removidas, e Deus tenha um povo puro e santo para declarar Seus estatutos e juízos. TS1 109 2 O Capitão de nossa salvação leva, passo a passo, Seu povo adiante, purificando-o e habilitando-o para a trasladação, e deixando na retaguarda os que estão dispostos a se separar do corpo, que não querem ser guiados, e se satisfazem com a própria justiça. "Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" Mateus 6:23. O espírito humano não pode ser enganado por maior ilusão do que a que induz os homens a condescenderem com um espírito de confiança em si mesmos para crerem que são justos e se acham na luz, quando se estão afastando do povo de Deus, e a luz que afagam são trevas. ... TS1 109 3 O irmão J. recebeu do Pastor K., uma falsa teoria de santificação, a qual se acha fora da terceira mensagem angélica, e onde quer que for recebida destrói o amor da mensagem. Foi-me mostrado que o Pastor K. se encontrava em terreno perigoso. Ele não está em união com o terceiro anjo. Ele fruiu uma vez a bênção de Deus, mas agora não a tem, pois não apreciou nem alimentou a luz da verdade que lhe brilhou no caminho. Ele trouxe consigo uma teoria metodista de santificação, e apresenta-a, dando-lhe a maior importância. E as sagradas verdades próprias para este tempo são por ele tidas em pouca consideração. Ele tem seguido sua própria luz, e ficado mais e mais em trevas, e se afastado mais e mais da verdade, até que ela não tenha sobre ele senão pequena influência. Satanás lhe tem dominado a mente, e ele tem ocasionado grande dano à causa da verdade no norte do Wisconsin. Seus frutos TS1 110 1 Foi essa teoria de santificação que a irmã G. recebeu do Pastor K. e procurou seguir, que a levou àquele terrível fanatismo. O Pastor K. tem desencaminhado e confundido muitas pessoas com essa teoria da santificação. Todos os que a abraçam perdem em grande parte o interesse e o amor pela terceira mensagem angélica. Esse ponto de vista da santificação é uma teoria atraente. Ela encobre as faltas de pobres almas em trevas, no erro e no orgulho. Dá-lhes aparência de serem bons cristãos, e de possuírem santidade, quando têm corrupto o coração. É uma teoria de paz e segurança, que não traz o mal à luz, nem reprova e repreende o erro. Ela cura levianamente a ferida da filha do povo de Deus, gritando: Paz, paz, quando não há paz. Homens e mulheres de coração corrupto, lançam em volta de si as vestes da santificação, e são considerados como exemplo do rebanho, quando são agentes de Satanás por ele empregados para seduzir e enganar as almas sinceras para um atalho de modo a não sentirem a força e importância das solenes verdades proclamadas pelo terceiro anjo. TS1 110 2 O Pastor K. tem sido olhado como um exemplo, ao passo que tem sido um dano à causa de Deus. Sua vida não tem sido irrepreensível. Seus caminhos não têm estado em harmonia com a santa lei de Deus, ou com a vida de Cristo, sem pecado. Sua natureza corrupta não está subjugada; e todavia ele insiste muito na santificação, e assim engana a muitos. Fui encaminhada a seus trabalhos passados. Ele tem deixado de trazer almas para a verdade, e de estabelecê-las na terceira mensagem angélica. Apresenta como coisa de primeira importância uma teoria da santificação, ao passo que faz de pouco valor o veículo pelo qual nos vêm as bênçãos de Deus. "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade." João 17:17. A verdade presente, que é o veículo, não é considerada, antes pisada a pés. Os homens podem clamar: Santidade! santidade! santificação! santificação! consagração! consagração! e todavia não saberem mais por experiência daquilo em que falam, do que o pecador com suas propensões corruptas. Deus há de em breve rasgar essas vestes caiadas de professa santificação, que alguns de mente carnal têm lançado sobre si para ocultar a deformidade da alma. TS1 111 1 É mantido um fiel relatório dos atos dos filhos dos homens. Coisa alguma pode ser escondida aos olhos daquele que é alto e santo. Alguns tomam um rumo diretamente em oposição à lei de Deus, e depois, para encobrir seu pecaminoso caminho, professam ser consagrados a Deus. Esta profissão de santidade não se manifesta em sua vida diária. Não tem a tendência de elevar-lhes a mente, e levá-los a se absterem "de toda a aparência do mal". 1 Tessalonicenses 5:22. Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Nossa fé é blasfemada em conseqüência do torcido caminho dos que têm mente carnal. Eles professam parte da verdade, o que lhes dá influência, ao passo que não têm união com os que crêem e estão unidos em toda a verdade. Qual tem sido a influência do Pastor K.? Quais têm sido os frutos de seus trabalhos? Quantos se têm convertido e estabelecido na verdade presente? ... TS1 111 2 Foi-me mostrado o caso do Sr. L. Ele tem muito a dizer sobre santificação, mas está enganado consigo mesmo, e outros estão enganados com ele. Sua santificação pode durar enquanto ele está na reunião, mas não suporta a prova. A santidade bíblica purifica a vida; mas o coração de L. não está puro. O mal existe ali, e manifesta-se na vida, e os inimigos de nossa fé têm tido ocasião de censurar os observadores do sábado. Julgam a árvore pelos frutos. TS1 112 1 "Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a Palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade." 2 Coríntios 4:2. TS1 112 2 Muitos andam diretamente em oposição ao texto acima mencionado. Andam com astúcia, e falsificam a Palavra de Deus. Não exemplificam em sua vida a verdade. Exercitam-se especialmente sobre a santificação, todavia lançam para trás das costas a Palavra divina. Oram sobre santificação, cantam sobre santificação, e clamam por santificação. Homens de coração corrupto tomam um ar de inocência, e professam ser consagrados; isto, porém, não é prova de serem retos. Seus atos os desmentem. Têm a consciência cauterizada, mas está para vir o dia da visitação divina, e manifestar-se-á a obra de todo homem, de que qualidade é. E todo homem receberá segundo os seus atos. TS1 112 3 Disse o anjo ao apontar para L.: "Que tens tu que recitar os Meus estatutos, e que tomar o Meu concerto na tua boca, pois aborreces a correção, e lanças as Minhas palavras para detrás de ti? Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano." Salmos 50:16-19. Deus espalhará e sacudirá para fora essas influências divisoras, e libertará Seu povo, caso os que professam a verdade venham em auxílio do Senhor. Não há santificação para os desobedientes TS1 112 4 Não há santificação bíblica para os que lançam para trás de si parte da verdade. Há na Palavra de Deus suficiente luz, de modo que ninguém precisa errar. A verdade é bastante elevada para causar admiração aos maiores intelectuais, e é todavia simples bastante para ser compreendida pelo mais humilde e mais fraco dos filhos de Deus, e para dar-lhe instrução. Os que não vêem a beleza da verdade, que não dão nenhuma importância à mensagem do terceiro anjo, serão inescusáveis; pois a verdade é clara. TS1 113 1 "Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." 2 Coríntios 4:3, 4. TS1 113 2 "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade." "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade." João 17:17, 19. TS1 113 3 "Purificando as vossas almas na obediência à verdade, para caridade fraternal, não fingida; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro." 1 Pedro 1:22. TS1 113 4 "Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus." 2 Coríntios 7:1. TS1 113 5 "De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo." Filipenses 2:12-15. TS1 113 6 "Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado." João 15:3. TS1 113 7 "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a Si mesma igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível." Efésios 5:25-27. TS1 113 8 Aí está a santificação bíblica. Não é apenas uma simples exibição ou obra exterior. É a santificação recebida por intermédio da verdade. É a verdade recebida no coração, e praticamente vivida. TS1 114 1 Como homem, Jesus era perfeito, e todavia cresceu em graça. "E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens." Lucas 2:52. Mesmo o mais perfeito cristão pode crescer continuamente no conhecimento e no amor de Deus. TS1 114 2 "Pelo que, amados, aguardando estas coisas, procurai que dEle sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz. Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém." 2 Pedro 3:14, 18. Crescimento constante TS1 114 3 A santificação não é obra de um momento, uma hora, ou um dia. É um contínuo crescimento na graça. Não sabemos um dia qual será nossa luta no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e precisamos cada dia clamar fervorosamente a Deus por auxílio e força para resistir-lhe. Enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer, e não há lugar de parada, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos plenamente. TS1 114 4 "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus." Filipenses 3:12. TS1 114 5 A vida cristã é uma constante marcha avante. Jesus coloca-Se como refinador e purificador de Seu povo; e quando Sua imagem estiver perfeitamente refletida neles, eles estarão perfeitos e santos, e preparados para a trasladação. Exige-se do cristão uma obra perfeita. Somos exortados a purificar-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. Aí vemos onde está a grande obra. Há um trabalho contínuo para o cristão. Toda vara da videira-mãe tem de tirar dela vida e força, a fim de da fruto. TS1 114 6 Custar-nos-á esforço conseguir a vida eterna. Será somente por meio de longo e perseverante esforço, severa disciplina e renhido conflito que sairemos vitoriosos. Mas, se nós, paciente e decididamente, no nome do Vitorioso que venceu em nosso benefício no deserto da tentação, vencermos assim como Ele o fez, alcançaremos a recompensa eterna. Nossos esforços, nossa abnegação e perseverança devem ser proporcionais ao infinito valor do objetivo que perseguimos. -- Testimonies for the Church 3:324, 325 ------------------------Capítulo 24 -- O poder de Satanás TS1 116 1 O homem caído é legítimo cativo de Satanás. A missão de Cristo foi libertá-lo do poder de Seu grande adversário. O homem é naturalmente inclinado a seguir as sugestões de Satanás, e não pode resistir com êxito a tão terrível inimigo, a menos que Cristo, o poderoso vencedor, nele habite, guiando-lhe os desejos, e dando-lhe resistência. Unicamente Deus é capaz de limitar o poder do maligno. Este anda de um lado para outro na Terra, e anda por ela acima e abaixo. Não está desapercebido nem por um instante, temendo perder uma oportunidade de destruir almas. Importante é que o povo de Deus compreenda isto, a fim de escapar-lhe aos ardis. TS1 116 2 Satanás está preparando seus enganos, para que, na última campanha contra o povo de Deus, eles não compreendam que é ele. "E não é maravilha, porque o próprio Satanás, se transfigura em anjo de luz." 2 Coríntios 11:14. Enquanto algumas almas iludidas advogam a idéia de que ele não existe, ele as está levando cativas, e operando grandemente por meio delas. Melhor que o povo de Deus, sabe Satanás o poder que esse povo pode ter sobre ele, quando fazem de Cristo a sua força. Quando eles rogam humildemente ao poderoso Vencedor que os auxilie, o mais fraco dos crentes na verdade, repousando firmemente em Cristo, pode com êxito repelir a Satanás e todas as suas hostes. Ele é demasiado astuto para apresentar-se aberta e ousadamente com suas tentações; pois então as adormecidas energias do cristão despertar-se-iam, e ele havia de apoiar-se no forte e poderoso Libertador. Aproxima-se, porém, despercebidamente, e opera de maneira disfarçada por meio dos filhos da desobediência que professam piedade. TS1 117 1 Satanás irá até aonde dão suas forças para fatigar, tentar desencaminhar o povo de Deus. Aquele que ousou enfrentar, tentar e ridicularizar nosso Senhor, e teve poder para tomá-Lo nos braços e levá-Lo ao pináculo do templo, e ao cimo de uma montanha elevadíssima, exercitará extraordinariamente seu poder sobre a atual geração, incomparavelmente inferior em sabedoria a seu Senhor, e quase inteiramente ignorante da sutileza e força de Satanás. Ele afetará de maneira extraordinária o corpo dos que são naturalmente inclinados a fazer-lhe a vontade. Satanás exulta com o fato de ser considerado como uma ficção. Quando fazem pouco, e o representam por qualquer ilustração infantil, ou como um animal, isto lhe convém. Julgam-no tão inferior, que a mente dos homens se acha de todo desapercebida para seus planos, sabiamente delineados, e quase sempre ele é bem-sucedido. Caso seu poder e sutileza fossem compreendidos, muitos estariam preparados para resistir-lhe de maneira eficaz. TS1 117 2 Todos devem compreender que Satanás foi uma vez um anjo exaltado. Sua rebelião excluiu-o do Céu, mas não lhe destruiu as faculdades nem o tornou um animal. Desde sua queda, tem voltado a poderosa força de que dispõe contra o governo do Céu. Tem crescido em sagacidade, e tem aprendido a maneira mais eficaz de aproximar-se dos filhos dos homens com suas tentações. Os enganos de Satanás TS1 117 3 Satanás tem dado origem a fábulas para por meio delas enganar. Ele começou no Céu a combater contra a base do governo de Deus, e desde que caiu tem levado avante sua rebelião contra a lei de Deus, e levado a massa dos professos cristãos a pisar o quarto mandamento, que põe em foco o Deus vivo. Deitou por terra o sábado original do decálogo, substituindo-o por um dos dias de trabalho. TS1 117 4 A grande mentira original dita por ele a Eva no Éden: "Certamente não morrereis" (Gênesis 3:4), foi o primeiro sermão pregado sobre a imortalidade da alma. Aquele sermão foi coroado de êxito, seguindo-se-lhe terríveis resultados. Ele tem levado a mente de muitos a receber esse sermão como sendo a verdade, e pastores pregam isto, cantam isto e sobre isto oram. TS1 118 1 O não haver um diabo literal, e haver graça depois da vinda de Cristo, estão-se tornando rapidamente fábulas populares. As Escrituras declaram positivamente que o destino de cada pessoa está para sempre determinado por ocasião da vinda do Senhor. "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:11, 12. TS1 118 2 Satanás tem-se aproveitado dessas fábulas populares para ocultar-se. Ele se achega aos pobres, iludidos mortais, mediante o espiritismo, que não põe limites às pessoas de mente carnal e, se posto em prática, separa famílias, cria invejas e ódios, dando livre curso às mais degradantes inclinações. O mundo não conhece ainda senão pouca coisa da corruptora influência do espiritismo. Ergue-se a cortina, e foi-me revelado muito de sua horrível obra. Foram-me mostradas pessoas que tiveram experiência no espiritismo, e que a ele renunciaram depois, e que tremem ao considerar quão perto estiveram da completa ruína. Haviam perdido o domínio de si mesmas, e Satanás as levava a fazer aquilo que elas detestavam. Mas mesmo essas pessoas não fazem senão uma pálida idéia do que seja o espiritismo. Pastores, inspirados por Satanás, podem apresentar eloqüentemente esse horroroso monstro, ocultar-lhe a deformidade, e fazê-lo parecer belo aos olhos de muitos. Mas ele vem tão direto de sua satânica majestade, que reclama o direito de controlar a todos quantos têm que ver com ele, porquanto se aventuraram a penetrar em terreno proibido, e perderam a proteção de seu Criador. TS1 118 3 Algumas pobres almas que foram fascinadas com as eloqüentes palavras dos ensinadores do espiritismo, e submeteram-se-lhe à influência, descobrem posteriormente seu caráter mortífero, e querem renunciar a ele e fugir-lhe, mas não conseguem. Satanás os segura por seu poder, e não os quer deixar libertarem-se. Sabe que são indubitavelmente seus enquanto os tem sob controle especial, mas que, se uma vez se libertarem de seu poder, nunca mais os poderá levar outra vez a crer no espiritismo e a se colocarem tão diretamente sob seu domínio. TS1 119 1 O único meio de essas pobres almas se livrarem de Satanás, é discernirem entre a pura verdade bíblica, e as fábulas. Ao reconhecerem elas os reclamos da verdade, colocam-se na posição em que podem ser ajudadas. Elas devem rogar aos que têm experiência religiosa, e que possuem fé nas promessas de Deus, que pleiteiem com o poderoso Libertador em seu benefício. Será um renhido combate. Satanás reforçará os anjos maus que têm mantido essas pessoas em sujeição; mas se os santos de Deus, com profunda humildade, jejuarem e orarem, suas orações prevalecerão. Jesus comissionará santos anjos para resistirem a Satanás, e ele será repelido, e desfeito o seu poder sobre aquelas vítimas. "E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum." Marcos 9:29. TS1 119 2 O ministério popular não pode resistir com êxito ao espiritismo. Nada possuem com que proteger seus rebanhos dessa fatal influência. Muito dos tristes resultados do espiritismo pesará sobre os pastores deste século; pois têm pisado a verdade a pés, e preferido em seu lugar as fábulas. O sermão pregado por Satanás a Eva sobre a imortalidade da alma -- "Certamente não morrereis" (Gênesis 3:4) -- têm eles reiterado do púlpito; e o povo o recebe como pura verdade bíblica. É o fundamento do espiritismo. Em parte alguma ensina a Palavra de Deus ser a alma do homem imortal. A imortalidade é atributo unicamente de Deus. 1 Timóteo 6:16: "Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver: ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém." TS1 119 3 A Palavra de Deus, devidamente compreendida e aplicada, é uma salvaguarda contra o espiritismo. Um inferno ardendo eternamente, pregado do púlpito e conservado diante do povo, é uma injustiça ao benévolo caráter de Deus. Isto O apresenta como o maior tirano do Universo. Este espalhado dogma tem encaminhado milhares ao universalismo, à infidelidade e ao ateísmo. A palavra de Deus é clara. É uma perfeita seqüência de verdades, e demonstrar-se-á uma âncora para os que estão dispostos a aceitá-la, ainda que tenham de sacrificar suas acariciadas fábulas. Ela os salvará dos terríveis enganos destes tempos perigosos. Satanás tem dirigido a mente dos pastores de várias igrejas de modo a se apegarem tenazmente a seus erros populares, da mesma maneira que induziu os judeus em sua cegueira, a apegarem-se a seus sacrifícios, e a crucificarem a Cristo. A rejeição da luz e da verdade deixa os homens cativos, sujeitos ao engano do inimigo. Quanto maior a luz que eles rejeitarem, tanto maior o poder do engano e as trevas que deles se hão de apoderar. TS1 120 1 Foi-me mostrado que o verdadeiro povo de Deus é o sal da Terra e a luz do mundo. Deles exige Deus contínuo progresso no conhecimento da verdade, e no caminho da santidade. Então eles compreenderão a intromissão de Satanás, e no poder de Jesus, hão de resistir-lhe. Satanás chamará em sua ajuda legiões de seus anjos, para opor-se ao progresso de uma alma que seja, e, se possível, arrebatá-la da mão de Cristo. O combate por almas TS1 120 2 Vi anjos maus contendendo por almas, e anjos de Deus a resistirem-lhes. Renhida foi a luta. Os anjos maus estavam corrompendo a atmosfera com sua influencia venenosa, e amontoando-se em torno dessas almas a fim de adormecer-lhes as sensibilidades. Santos anjos observavam ansiosamente e aguardavam para repelir as hostes satânicas. Não cabe, porém, aos anjos santos, o controlar a mente dos homens contra a sua vontade. Caso eles cedam ao inimigo, e não façam esforços para resistir-lhe, então os anjos de Deus pouco mais podem fazer do que restringir a hoste de Satanás, para que não destrua, até que seja dada mais luz aos que estão em perigo, a fim de os mover a despertarem a volver-se para o Céu em busca de socorro. Jesus não comissionará os santos anjos a livrarem os que não fazem nenhum esforço para se ajudarem a si mesmos. TS1 121 1 Se Satanás vê que está em perigo de perder uma alma, ele se ativa ao máximo para conservá-la. E quando o indivíduo é despertado para o perigo em que se encontra, e aflita e fervorosamente, busca forças em Jesus, o inimigo teme perder um cativo, e chama um reforço de seus anjos a fim de encurralarem a pobre alma, formando um muro de trevas em torno dela, de modo que a luz do Céu não chegue até onde ela está. Se, porém, a pessoa em perigo persevera, e em sua impotência se lança sobre os méritos do sangue de Cristo, nosso Salvador escuta a fervorosa oração da fé, e envia reforço daqueles anjos magníficos em poder, a fim de a libertar. TS1 121 2 Satanás não suporta que se apele para seu poderoso rival, pois teme e treme diante de Sua força e majestade. Ao som da fervorosa oração todo o exército de Satanás treme. Ele continua a chamar legiões de anjos maus para conseguir seu fim. E quando os anjos todo-poderosos, revestidos com a armadura celeste, chegam em auxílio da fraca e perseguida alma, o inimigo e seus anjos recuam, sabendo muito bem que sua batalha está perdida. Os voluntários súditos de Satanás são fiéis, ativos e unidos no mesmo objetivo. E se bem que eles se odeiem e guerreiem uns aos outros, aproveitam toda oportunidade para promover o interesse comum. Mas o grande Comandante do Céu e da Terra limitou o poder de Satanás. TS1 121 3 Minha experiência tem sido singular, e por anos tenho sofrido peculiares provações de espírito. A condição do povo de Deus, e minha ligação com a Sua obra, têm-me trazido muitas vezes um peso de tristeza e desânimo inexprimíveis. Durante anos tenho considerado a sepultura como um aprazível lugar de descanso. Em minha última visão, indaguei do anjo que me assistia, por que eu era deixada a sofrer tal perplexidade de espírito, e era com tanta freqüência lançada no campo de batalha de Satanás. Roguei que, se eu devia estar tão estreitamente ligada à causa da verdade, fosse livrada dessas rigorosas provas. Há força e poder nos anjos de Deus, e supliquei que fosse protegida. TS1 122 1 Então me foi apresentada nossa vida anterior e foi-me mostrado que Satanás procurara por várias maneiras destruir nossa utilidade. Muitas vezes fizera ele planos para tirar-nos da obra de Deus, aproximara-se em modos vários e por meio de instrumentos diversos para realizar seus fins. Mas, pelo ministério dos santos anjos fora derrotado. Vi que em nossas viagens de um lugar para outro, ele colocara freqüentemente seus anjos maus em nosso caminho a fim de provocar acidentes que nos tirassem a vida; mas anjos santos foram enviados ao local para nos livrar. Vários acidentes puseram em grande risco a vida de meu marido e a minha, e fomos maravilhosamente protegidos. Vi que tínhamos sido objetos especiais dos ataques do inimigo, devido ao nosso interesse pela obra de Deus, e nossa ligação com ela. Ao ver o grande cuidado que Deus tem a cada momento com aqueles que O temem e amam, foi-me inspirada confiança nEle, e senti-me reprovada por minha falta de fé. TS1 122 2 Foi pela exibição de poder sobrenatural ao fazer da serpente seu médium, que Satanás ocasionou a queda de Adão e Eva no Éden. Antes do fim do tempo ele operará maravilhas ainda maiores. Ao ampliar seu poder, ele há de realizar verdadeiros milagres. Dizem as Escrituras: "E engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse" (Apocalipse 13:14) -- não meramente os que ele pretende fazer. Esse texto apresenta alguma coisa mais que simples ilusões. Há, porém, um limite além do qual Satanás não pode ir; e aí ele chama em seu auxílio o engano, e falsifica a obra que não tem realmente o poder de efetuar. Nos últimos dias ele se apresentará de tal maneira que faça os homens crerem que ele é Cristo vindo pela segunda vez ao mundo. Ele se transformará na verdade em anjo de luz. Mas ao passo que ostentará em todos os sentidos a aparência de Cristo, até aonde possa chegar a simples aparência, isto não enganará a ninguém senão aos que, como Faraó, estão procurando resistir à verdade. -- Testimonies for the Church 5:698 (1889). ------------------------Capítulo 25 -- As duas coroas TS1 124 1 Em visão que me foi concedida em Battle Creek (Michigan), a 25 de Outubro de 1861, foi-me mostrada esta Terra, escura e triste. Disse o anjo: "Olha atentamente!" Então me foi mostrado o povo sobre a Terra. Alguns estavam rodeados de anjos de Deus, outros se achavam em completas trevas, cercados de anjos maus. Vi um braço estendido do Céu, segurando um cetro de ouro. Na extremidade superior do cetro havia uma coroa, cravejada de brilhantes. Cada brilhante emitia luz cintilante, clara e bela. Inscritas na coroa havia estas palavras: "Todos os que me conquistam são felizes, e terão vida eterna." TS1 124 2 Embaixo desta coroa havia outro cetro, e sobre ele também outra coroa, em cujo centro havia jóias, ouro e prata, refletindo alguma luz. A inscrição sobre a coroa era: "Tesouros terrestres. A riqueza é um poder. Todos os que me conquistam têm honra e fama." Vi uma vasta multidão que lutava para alcançar essa coroa. Faziam grande rumor. Alguns, em sua avidez, pareciam privados da razão. Empurravam-se uns aos outros, deixando para trás os mais fracos, pisando sobre os que, na pressa, caíam. Muitos avidamente se apoderavam dos tesouros que estavam na coroa, e os seguravam firmemente. A cabeça de alguns era branca como a prata, e seu rosto estava enrugado pelos cuidados e ansiedade. Não tomavam em consideração seus próprios parentes, ossos de seus ossos e carne de sua carne; mas, enquanto para eles eram lançados olhares súplices, mais firmemente seguravam seus tesouros, como se estivessem receosos de que num momento de descuido perdessem um pouco, ou fossem induzidos a reparti-los com eles. TS1 125 1 Seus olhares ávidos muitas vezes se fixavam na coroa terrestre, e contavam e recontavam seus tesouros. Vultos que exprimiam necessidade e miséria, apareciam naquela multidão, olhavam cobiçosos os tesouros, e voltavam sem esperanças, visto que os mais fortes sobrepujavam e afastavam os mais fracos. Contudo não podiam assim desistir; mas, com uma multidão de deformados, enfermiços e idosos, procuravam avançar para a coroa terrestre. Alguns morriam ao tentar alcançá-la; outros sucumbiam precisamente no ato de se apoderarem dela. Muitos morriam apenas se haviam dela apossado. Cadáveres se espalhavam pelo solo; todavia a multidão avançava, pisando os que estavam caídos e o cadáver de seus companheiros. Cada um que atingia a coroa, adquiria parte nela, e era ruidosamente aplaudido pela multidão interessada que se achava em redor. Engano satânico TS1 125 2 Uma grande multidão de anjos maus estava ocupadíssima. Satanás estava no meio deles, e todos olhavam com a maior satisfação para a multidão que lutava pela coroa. Ele parecia lançar um encanto particular sobre os que avidamente a buscavam. Muitos que procuravam essa coroa terrestre eram cristãos professos. Alguns pareciam ter alguma luz. Olhavam interessados para a coroa celestial, e pareciam muitas vezes encantar-se com sua beleza, contudo não tinham o verdadeiro senso de seu valor e glória. Enquanto frouxamente estendiam uma das mãos à coroa celeste, a outra a estendiam avidamente à terrestre, decididos a possuí-la; e na sua diligência ansiosa por obter a terrestre, perdiam de vista a celeste. Ficavam em trevas, e mesmo assim andavam às apalpadelas, com ansiedade, buscando conseguir a coroa terrestre. Alguns se desgostavam da multidão que a procurava tão veementemente; pareciam ter intuição de seu perigo, e dele se desviavam, e diligentemente buscavam a coroa celestial. O rosto desses logo mudava de escuro para claro, de triste para prazenteiro e cheio de santa alegria. TS1 126 1 Vi então um grupo comprimindo-se por entre a multidão, tendo os olhos atentamente fixos na coroa celestial. Enquanto com esforço procuravam caminho por entre a multidão desordenada, ajudavam-nos anjos, que abriam caminho para que avançassem. Aproximando-se eles da coroa celestial, a luz que dela emanava resplandecia sobre eles, e em redor deles, afugentava as trevas, e tornava-se mais clara e brilhante, até que eles pareciam transformar-se e assemelhar-se aos anjos. Não se detinham em olhar à coroa terrestre. Os que se estavam empenhando na conquista da coroa terrestre, escarneciam deles, e atiravam-lhes pelas costas bolas pretas. Estas não lhes faziam mal contanto que seus olhos se mantivessem fixos na coroa celestial; aqueles, porém, que volviam a atenção para as bolas negras, eram por elas manchados. Foi-me apresentado o seguinte texto: TS1 126 2 "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:19-24. TS1 126 3 Então o que eu vira me foi explicado como segue: A multidão que tão avidamente se esforçava por alcançar a coroa terrestre, eram os que amam os tesouros deste mundo e se deixam enganar e lisonjear por suas efêmeras atrações. Alguns vi que, embora professem ser seguidores de Jesus, têm tanta ambição de obter os tesouros terrestres, que perdem o amor ao Céu, agem como o mundo e por Deus são considerados mundanos. Professam buscar uma coroa imortal, um tesouro nos Céus; mas seu interesse e principal empenho é adquirir tesouros terrestres. Aqueles que têm seus tesouros neste mundo, e amam suas riquezas, não podem amar a Jesus. Poderão supor que são justos e, ainda que com garras de avarento se apeguem a suas posses, não poderão ser levados a enxergar isto ou compreender que amam o dinheiro mais do que a causa da verdade ou o tesouro celeste. Riquezas verdadeiras e falsas TS1 127 1 "Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" Mateus 6:23. Houve um momento na experiência de tais pessoas, em que a luz que lhes fora dada não foi mantida, e se tornou em trevas. Disse o anjo: "Não podeis amar e adorar os tesouros da Terra, e ter as verdadeiras riquezas." Quando aquele jovem foi ter com Jesus e Lhe disse: "Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?" Mateus 19:16. Jesus lhe ofereceu esta escolha: Desfazer-se de suas posses e ter a vida eterna, ou reter aquelas e perder esta. Suas riquezas lhe eram de maior valor do que o tesouro celeste. A condição de desfazer-se de seus tesouros e dá-los aos pobres a fim de se tornar seguidor de Cristo e ter a vida eterna, esfriou-lhe o desejo, e ele se retirou, triste. TS1 127 2 Aqueles que me foram apresentados como estando ansiosos pela coroa terrestre, são os que recorrerão a todos os meios para adquirir propriedades. Tornam-se doidos neste sentido. Todos os seus pensamentos e energias se dirigem para a aquisição de riquezas terrestres. Pisam os direitos de outrem, oprimem os pobres e os jornaleiros em seu salário. Se podem ter vantagem sobre os que são mais pobres e menos sagazes, e assim agir de maneira a aumentar suas riquezas, não hesitarão um momento em oprimi-los, e mesmo vê-los levados a mendicância. TS1 127 3 Os homens abatidos pela idade, e de rosto enrugado pelos cuidados, e que no entanto avidamente agarravam os tesouros de dentro da coroa, eram homens idosos que poucos anos tinham diante de si. Contudo eram inflexíveis na defesa de seus tesouros terrestres. Quanto mais se aproximavam do túmulo, tanto mais ansiosos ficavam em apegar-se a eles. Seus próprios parentes não eram beneficiados. Para economizar um pouco de dinheiro, consentiam que os membros de sua própria família trabalhassem além de suas forças. Não o empregavam para o bem de outrem, nem para o seu próprio bem. Bastava-lhes saber que o possuíam. Ao ser-lhes apresentado o dever de diminuir as necessidades dos pobres e de sustentar a causa de Deus, ficavam desgostosos. Alegremente aceitariam o dom da vida eterna, mas não quereriam que lhes custasse coisa alguma. As condições são muito penosas. Mas Abraão, para tal fim não recusou o seu único filho. Em obediência a Deus, sacrificaria esse filho da promessa, mais facilmente do que muitos sacrificariam algumas de suas posses terrestres. TS1 128 1 Era doloroso verem-se aqueles que deveriam estar a amadurecer para a glória e habilitar-se diariamente para a imortalidade, aplicando todas as suas forças na retenção de tesouros terrestres. Vi que esses tais não poderiam dar valor ao tesouro celestial. Seu apego intenso às coisas terrenas, levam-nos a mostrar, pelas suas obras, que não estimam a herança celestial o bastante para por ela fazer qualquer sacrifício. O jovem manifestou vontade de guardar os mandamentos, contudo nosso Senhor lhe disse faltar alguma coisa. Desejava a vida eterna, mas amava mais as suas posses. Muitos se enganam a si mesmos. Não buscam a verdade como se fosse um tesouro escondido. Não tiram o melhor partido possível de suas faculdades. Sua mente, que poderia iluminar-se com a luz do Céu, fica perplexa e perturbada. "Os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera." Marcos 4:19. "Tais pessoas", disse o anjo, "estão sem desculpa." Vi a luz apagando-se para elas. Não desejavam compreender as solenes e importantes verdades para este tempo, e achavam que estavam bem sem as compreender. Foi-se-lhes a sua luz, e ficaram às apalpadelas, em trevas. Agentes de Satanás TS1 129 1 A multidão dos deformados e doentios que se comprimia para alcançar a coroa terrestre, são aqueles cujos interesses e tesouros estão neste mundo. Conquanto de todos os modos sofram desenganos, não colocarão suas afeições no Céu, nem assegurarão para si naquele lugar um tesouro e um lar. Fracassam na busca das coisas terrestres, e no entanto perdem as celestiais enquanto pelejam por aquelas. Apesar do desengano, vida infeliz e morte daqueles que puseram todo o seu empenho na obtenção de riquezas terrestres, outros seguem o mesmo caminho. Atiram-se doidamente, sem tomar em consideração o fim miserável daqueles cujo exemplo estão seguindo. TS1 129 2 Os que alcançaram a coroa e nela obtiveram parte, tendo por isso sido aplaudidos, são aqueles que conseguem o que constitui o único objetivo de sua vida: riquezas. Recebem a honra que o mundo confere aos que são ricos. Têm influência no mundo. Satanás e seus anjos maus estão satisfeitos. Sabem que esses são certamente deles, e que enquanto viverem em rebelião contra Deus, são poderosos agentes de Satanás. TS1 129 3 Os que se desgostaram com a multidão que clamava pela coroa terrestre, são aqueles que notaram a vida e o fim de todos os que se esforçam por conseguir riquezas terrestres. Vêem que esses tais nunca estão satisfeitos, e que são infelizes; assustam-se e se separam daquela classe infeliz, e procuram as riquezas verdadeiras e duráveis. TS1 129 4 Aqueles que lutam por passar através da multidão a fim de obter a coroa celeste, auxiliados pelos santos anjos, foi-me mostrado serem o fiel povo de Deus. Os anjos os conduzem, e eles são inspirados com zelo a fim de se esforçarem para prosseguir na aquisição do tesouro celeste. TS1 130 1 As bolas pretas que eram atiradas às costas dos santos, eram as falsidades difamatórias postas em circulação contra o povo de Deus, por aqueles que amam e praticam a mentira. Devemos ter o máximo cuidado em viver vida irrepreensível, e abster-nos de toda a aparência do mal; e então é nosso dever avançar destemidamente, sem dar atenção às falsidades degradantes dos ímpios. Enquanto os justos mantiverem os olhares fixos no tesouro celeste e incalculável, tornar-se-ão mais e mais semelhantes a Cristo, e assim serão transformados e dispostos para a trasladação. ------------------------Capítulo 26 -- O futuro TS1 131 1 Na transfiguração, Jesus foi glorificado pelo Pai. Ouvimo-Lo dizer: "Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nEle." João 13:31. Assim, antes de ser traído, e crucificado, foi fortalecido para os últimos e terríveis sofrimentos. Ao se aproximarem os membros do corpo de Cristo do período de sua luta final, "o tempo da angústia de Jacó", crescerão em Cristo, e partilharão grandemente de Seu espírito. À medida que a terceira mensagem se avoluma e se torna alto clamor, e que a obra final é acompanhada de grande poder e glória, o fiel povo de Deus participa dessa glória. É a chuva serôdia que os vivifica e fortalece para passar pelo tempo de angústia. Seus rostos brilharão com a glória daquela luz que acompanha a mensagem do terceiro anjo. TS1 131 2 Vi que Deus preservará Seu povo, de maneira maravilhosa, durante o tempo de angústia. Como Jesus derramou Sua alma em agonia, no jardim, eles hão de clamar e angustiar-se fervorosamente dia e noite, pedindo libertação. Sairá o decreto para que eles rejeitem o sábado do quarto mandamento e honrem o primeiro dia, ou morram; eles não cederão, porém, para pisar a pés o sábado do Senhor e honrar uma instituição do papado. As hostes de Satanás e homens ímpios os rodearão, e exultarão sobre eles, pois parecerá não haver escape para eles. Em meio, porém, de sua orgia e triunfo, ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegrecem, sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar Sua voz desde Sua santa habitação. TS1 131 3 Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios vacilam e caem com terrível fragor. O mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes murmúrios, dizem uns aos outros: "Somos libertados. É a voz de Deus." Com solene respeito escutam eles as palavras da voz. Os ímpios ouvem, mas não entendem as palavras da voz de Deus. Temem e tremem, ao passo que os santos se regozijam. Satanás e seus anjos e os ímpios, que há pouco se regozijavam de que o povo de Deus se encontrasse no poder deles, para os destruírem da Terra, testemunham a glória conferida aos que honraram a santa lei de Deus. Contemplam o rosto dos justos iluminado e refletindo a imagem de Jesus. Os que estavam tão ansiosos de destruir os santos não podem resistir à glória que se manifesta sobre os libertados, e caem por terra como mortos. Satanás e os anjos maus, fogem da presença dos santos glorificados. Desaparece para sempre seu poder de os molestar. ------------------------Capítulo 27 -- Pais e filhos TS1 133 1 Foi-me mostrado que, enquanto os pais tementes a Deus restringem seus filhos, devem estudar-lhes a disposição e temperamento, e procurar satisfazer-lhes as necessidades. Alguns pais atendem cuidadosamente às necessidades temporais dos filhos; tratam-nos fiel e bondosamente na enfermidade, e pensam então haver cumprido seu dever. Nisto se enganam. Sua obra apenas começou. Importa cuidarem das necessidades do espírito. Requer-se habilidade para aplicar os remédios apropriados para curar uma mente magoada. TS1 133 2 As crianças têm provações tão difíceis de suportar, tão penosas em sua natureza, como as pessoas de mais idade. Os próprios pais não se sentem sempre da mesma maneira. Seu espírito se acha muitas vezes perplexo. Agem movidos por pontos de vista e sentimentos errados. Satanás os esbofeteia, e cedem-lhe às tentações. Falam irritados, e de maneira a despertar a ira dos filhos, e são às vezes exigentes e frenéticos. As pobres crianças partilham do mesmo espírito, e os pais não se acham preparados para as ajudar, pois foram a causa do mal. Por vezes tudo parece ir torto. Há irritação ao redor, e todos passam momentos deploráveis e infelizes. Os pais lançam a culpa aos pobres filhos, e julgam-nos muito desobedientes e indisciplinados, as piores crianças do mundo, quando a causa da perturbação encontra-se neles próprios. TS1 133 3 Alguns pais suscitam muita tempestade por sua falta de domínio próprio. Em lugar de pedirem bondosamente aos filhos para fazerem isto ou aquilo, ordenam em tom de ralho, tendo ao mesmo tempo nos lábios uma censura ou reprovação que as crianças não mereceram. Pais, essa direção seguida para com vossos filhos destrói-lhes a felicidade e a ambição. Fazem o que ordenais, não por amor, mas porque não ousam proceder diversamente. Não têm o coração no que fazem. É um trabalho servil, em vez de um prazer, e isto os leva a esquecer-se de seguir vossas direções, o que vos aumenta a irritação, e se torna ainda pior para as crianças. Repetem-se as censuras, sua má conduta é exibida diante delas em vivas cores, até que delas se apodera o desânimo, e não se lhes dá se agradam ou não. Tomam-se de um espírito de "não me importo", e procuram fora de casa, fora dos pais, o prazer e satisfação que aí não encontram. Misturam-se com companheiros de rua, e ficam em breve tão corrompidos como os piores. O que os pais podem fazer TS1 134 1 Sobre quem recai este grande pecado? Caso o lar houvesse sido tornado atrativo, se os pais houvessem manifestado afeição pelos filhos, procurando bondosamente ocupação para eles, e instruindo-os com amor na obediência a seus desejos, haveriam tocado uma corda sensível no coração deles, e teriam sido prontamente obedecidos por pés, mãos e corações voluntários. Controlando-se a si mesmos e falando bondosamente, e louvando as crianças quando se esforçam por fazer o que é direito, os pais podem estimular esses esforços, tornar as crianças muito felizes, e lançar sobre o círculo de família um encanto que afugentará toda sombra escura, aí introduzindo alegres raios de sol. TS1 134 2 Os pais desculpam às vezes sua errônea direção por não se sentirem bem. Sentem-se nervosos, e acham que não podem ser pacientes e calmos e falar de maneira agradável. Assim se enganam eles a si próprios, e agradam a Satanás, que exulta em que a graça de Deus não seja por eles considerada suficiente para vencer as fraquezas naturais. Eles podem e devem dominar-se sempre. Deus deles requer isto. Devem compreender que, quando cedem à impaciência e à irritação, fazem outros sofrer. Os que os rodeiam são afetados pelo espírito que manifestam, e se eles, por sua vez, procedem com o mesmo espírito, o mal aumenta, e tudo vai torto. TS1 135 1 Pais, quando vos sentis irritados, não deveis cometer um pecado tão grande como o de envenenar toda a família com essa perigosa irritabilidade. Em tais ocasiões, ponde uma dupla guarda sobre vós mesmos, e resolvei no coração não ofender com os vossos lábios; que só haveis de proferir palavras agradáveis, animadoras. Dizei-vos a vós mesmos: "Não arruinarei a felicidade de meus filhos com uma palavra irritada." Controlando-vos assim, tornar-vos-eis mais fortes. Vosso sistema nervoso não será tão sensitivo. Sereis fortalecidos pelos princípios do direito. A consciência de estardes vos desempenhando fielmente de vosso dever vos fortalecerá. Os anjos de Deus aprovarão os vossos esforços, e ajudar-vos-ão. TS1 135 2 Quando vos sentis impacientes, pensais demasiadas vezes serem os filhos os causadores, e os censurais quando não o merecem. De outras vezes eles poderiam fazer exatamente as mesmas coisas, e tudo vos pareceria suportável e justo. As crianças conhecem, e notam, e sentem essas irregularidades, e elas não são sempre as mesmas. Às vezes acham-se de algum modo preparadas para enfrentar as disposições mutáveis, e de outras estão nervosas e irritáveis, e não podem suportar censuras. Seu espírito se insurge contra isto. Os pais querem que se faça toda concessão ao seu estado mental, e todavia não vêem a necessidade de as fazer da mesma maneira a seus pobres filhos. Desculpam em si mesmos aquilo que, visto nas crianças que não têm os mesmos anos de experiência e disciplina, haviam de censurar grandemente. TS1 135 3 Alguns pais são de temperamento nervoso, e quando fatigados com trabalho ou opressos por cuidados, não mantêm um calmo estado de espírito, mas manifestam aos que mais caros lhes devem ser na Terra, uma irritação e falta de paciência que desagrada a Deus, e traz uma nuvem sobre a família. As crianças em suas perturbações, devem muitas vezes ser acalmadas com terna simpatia. A mútua bondade e paciência tornará o lar um paraíso, e atrairá os santos anjos ao círculo familiar. TS1 136 1 A mãe pode e deve fazer muito no sentido de controlar os nervos e o espírito, quando deprimida: mesmo quando doente, ela pode, uma vez que se eduque, ser amável e contente, e pode suportar mais ruído do que pensara outrora ser possível. Não deve fazer os filhos sofrerem as enfermidades dela e nublar-lhes o tenro e sensível espírito com suas depressões de espírito, fazendo-os achar que a casa é um túmulo, e o quarto da mãe o lugar mais triste do mundo. A mente e os nervos adquirem vigor e resistência pelo exercício da vontade. A força de vontade demonstrar-se-á em muitos casos poderoso calmante para os nervos. Um tempo crítico para as crianças TS1 136 2 Não vos mostreis aos vossos filhos de rosto triste. Se eles cedem à tentação, e depois reconhecem seu erro e se arrependem, perdoai-lhes tão francamente como esperais ser perdoados por vosso Pai do Céu. Instruí-os bondosamente, e ligai-vos ao vosso coração. É um tempo crítico para as crianças. Influências serão exercidas sobre elas a fim de aliená-las de vós, e cumpre-vos contrabalançá-las. Ensinai-lhes a fazerem de vós seus confidentes. Segredem-vos elas ao ouvido suas provas e alegrias. Animando isso, poupá-las-eis a muitos laços preparados por Satanás a seus inexperientes pés. Não trateis vossos filhos apenas com severidade, esquecendo a vossa própria infância, e que eles não passam de crianças. Não espereis que sejam perfeitos, nem os busqueis tornar de repente homens e mulheres em seus atos. Assim fazendo, fechareis a porta de acesso que, de outro modo, a eles poderíeis ter, e os impelireis a abrir outra porta às influências prejudiciais, a que outros lhes envenenem a mente juvenil antes que desperteis para o perigo que correm. TS1 136 3 Satanás e sua hoste estão fazendo os mais poderosos esforços para manejar a mente das crianças, e estas devem ser tratadas com imparcialidade, ternura e amor cristãos. Isto vos dará uma forte influência sobre elas, e sentirão que podem depor ilimitada confiança em vós. Rodeai vossos filhos com os encantos do lar e do vosso convívio. Se assim fizerdes, não terão tanto desejo de se unirem com outras companhias. Satanás trabalha por meio destes, levando-os a influenciar e corromper a mente uns dos outros. É o meio mais eficaz por que ele pode trabalhar. Os jovens têm poderosa influência uns sobre os outros. Sua conversa nem sempre é escolhida e elevada. Transmitem-se aos ouvidos más informações, as quais, a não serem decididamente combatidas, encontram guarida no coração, tomam raízes, e brotam e dão fruto, corrompendo os bons costumes. Devido ao mal que há agora no mundo, e à restrição que é necessário impor aos filhos, os pais devem ter cuidado dobrado em mantê-los unidos ao seu coração, fazendo-os compreender que desejam sua felicidade. Pais compreensivos TS1 137 1 Os pais não se devem esquecer dos anos de sua infância, de quanto anelavam simpatia e amor, e como se sentiam infelizes quando censurados e repreendidos com irritação. Devem ser novamente jovens em seus sentimentos, e levar a mente a compreender as necessidades das crianças. Todavia, com firmeza, misturada com amor, devem exigir obediência dos filhos. A palavra dos pais deve ser imediatamente obedecida. TS1 137 2 Anjos de Deus estão observando as crianças com o mais profundo interesse, a ver o caráter que desenvolvem. Se Cristo lidasse conosco como nós muitas vezes fazemos uns com os outros e com nossos filhos, tropeçaríamos e cairíamos devido ao completo desânimo. Vi que Jesus conhece nossas fraquezas e partilhou. Ele próprio, de nossa experiência em todas as coisas, mas sem pecado; portanto, Ele preparou-nos um caminho adequado a nossa força e capacidade e, como Jacó, tem caminhado devagar e segundo o passo das crianças e sua capacidade de resistência, a fim de nos entreter pelo conforto de Sua companhia, e ser-nos guia perpétuo. Ele não despreza, nem negligencia ou deixa para trás, as crianças do rebanho. Não nos pediu que marchássemos avante e as deixássemos atrás. Não tem caminhado tão depressa que nos deixasse para trás com os pequenos. Oh, não! mas tem aplainado a estrada da vida, mesmo para as crianças. E requer-se dos pais, em Seu nome, que as conduzam ao longo do caminho estreito. Deus nos designou uma vereda apropriada à resistência e capacidade das crianças. TS1 138 1 Compensará o manifestar afeto no convívio com vossos filhos. Não os repulseis por falta de terna compreensão em seus brinquedos, alegrias e desgostos. Nunca deixeis que haja sobrancelhas carregadas em vossa fronte, ou que uma palavra áspera vos escape dos lábios. Deus escreve todas essas palavras em Seu livro de memórias. As palavras ásperas azedam o gênio e ferem o coração das crianças e, em alguns casos, essas feridas são difíceis de curar. As crianças são sensíveis à mínima injustiça, e algumas ficam desanimadas ao sofrê-la, e nem darão ouvidos a alta e zangada voz de comando, nem se importarão com ameaças de castigo. Muitas vezes se instala nos corações infantis a rebelião, devido a uma errônea disciplina por parte dos pais quando, houvesse sido seguido a devida direção, elas teriam formado caráter harmônico e bom. Uma mãe que não tem perfeito domínio de si mesma, não é apta para governar os filhos. -- Testimonies for the Church 3:532, 533 (1875). TS1 138 2 Vencei vossa disposição de ser exigentes com vosso filho, para que o freqüente reprovar não lhe torne vossa presença desagradável, e aborrecível o vosso conselho. Uni-o ao vosso coração, não por meio de imprudente condescendência, mas pelos suaves laços do amor. Podeis ser firmes e ao mesmo tempo bondosos. Cristo deve ser vosso ajudador. O amor será o meio de atrair outros corações ao vosso, e vossa influência os poderá estabelecer no caminho direito. TS1 139 1 Tenho-vos advertido contra o espírito de censura, e novamente desejo advertir-vos acerca dessa falta. Por vezes Cristo reprovava com severidade, e em alguns casos talvez seja necessário que nós o façamos; devemos considerar, no entanto que, ao passo que Cristo conhecia a condição exata das pessoas repreendidas, e a quantidade de reprovação que elas podiam suportar, e o que era necessário para lhes corrigir a direção errônea, sabia também exatamente a maneira de Se compadecer dos errantes, confortar o desafortunado, e animar o fraco. Sabia bem como guardar as almas do desalento e inspirar-lhes esperança, porquanto estava relacionado com os motivos exatos e as provações peculiares de cada espírito. Ele não Se podia enganar. -- Testimonies for the Church 4:66 (1876). ------------------------Capítulo 28 -- Perigos dos jovens TS1 140 1 A 6 de Junho de 1863 foram-me mostrados alguns dos perigos dos jovens. Satanás está controlando a mente da juventude, e dirigindo-lhes os inexperientes pés por sendas extraviadas. Eles ignoram-lhe os ardis, e nesses tempos perigosos, os pais devem estar alerta, trabalhando com perseverança e diligência para impedir a primeira aproximação do inimigo. Eles devem instruir os filhos quando saem e quando entram, quando se levantam e quando se sentam, dando regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali. TS1 140 2 A obra da mãe começa com a criança. Ela deve dominar a vontade e o gênio da criança, levando-a à sujeição, ensinando-a a obedecer. À medida que a criança vai crescendo, não deve ela afrouxar a mão. Toda mãe deve tomar tempo para raciocinar com seus filhos, para corrigir-lhes os erros, e ensinar-lhes pacientemente o caminho direito. Os pais cristãos devem saber que estão instruindo e preparando os filhos para se tornarem filhos de Deus. Toda a vida religiosa das crianças é influenciada pelas instruções dadas, e o caráter formado na infância. Caso a vontade não seja então submetida e levada a ceder à vontade dos pais, difícil será a tarefa de aprender a lição nos anos posteriores. Que luta difícil, que conflito, sujeitar aquela vontade que nunca foi subordinada, ao que Deus requer! Os pais que negligenciam esta importante obra, cometem grande erro, e pecam contra as pobres crianças, e contra Deus. TS1 140 3 As crianças que vivem sob estrita disciplina sentir-se-ão por vezes, descontentes. Ficarão impacientes sob a restrição, e quererão fazer a própria vontade, e ir e vir como lhes aprouver. Especialmente da idade dos dez anos aos dezoito, acharão que não há nenhum mal em ir a piqueniques e a outras reuniões de jovens; todavia seus experientes pais podem ver perigo. Conhecem o temperamento de seus filhos, e sabem a influência dessas coisas sobre a mente deles e, pelo interesse que têm em sua salvação, afastam-nos desses divertimentos excitantes. TS1 141 1 Quando esses filhos decidem por si mesmos deixar os prazeres do mundo, e tornarem-se discípulos de Cristo, que peso é tirado do coração dos pais cuidadosos e fiéis! Ainda assim, sua obra não deve cessar. Os filhos não devem ser deixados na liberdade de seguir sua própria orientação, e resolverem sempre por si mesmos. Eles apenas começaram a luta contra o pecado, o orgulho, a paixão, a inveja, o ciúme, o ódio e todos os males do coração natural. E os pais precisam vigiar e aconselhar os filhos, e resolver por eles, e mostrar-lhes que, se não prestarem voluntária e satisfeita obediência a seus pais, não podem obedecer voluntariamente a Deus, sendo-lhes impossível ser cristãos. TS1 141 2 Os pais devem animar os filhos a confiar neles, e desabafar com eles o coração quando têm desgostos e em suas diárias contrariedades e provas. Assim podem os pais aprender a compadecer-se dos filhos, e podem orar com eles e por eles, para que Deus os proteja e guie. Podem encaminhá-los a seu infalível Amigo e Conselheiro, o qual será tocado pelo sentimento das fraquezas deles, pois em tudo foi tentado como nós somos, mas sem pecado. TS1 141 3 Satanás tenta os filhos a serem reservados com os pais, e a buscar como confidentes seus jovens e inexperientes companheiros; aqueles que os não podem ajudar, antes lhes dão maus conselhos. Moças e rapazes juntam-se, e riem, e gracejam, e afastam a Cristo do próprio coração e os anjos de sua presença, em virtude de sua tola tagarelice. Inúteis conversas sobre os atos de outros, sobre este rapaz e aquela moça, fazem definhar os pensamentos e sentimentos nobres e devocionais, e expelem do coração os desejos bons e santos, deixando-o frio e destituído de verdadeiro amor para com Deus e a Sua verdade. TS1 142 1 Os filhos seriam poupados a muitos males, fossem eles mais familiares com seus pais. Estes devem estimular neles a disposição de ser abertos e francos com eles, a lhes levarem suas dificuldades, e a quando se acharem perplexos quanto à direção certa a tomar, a exporem a questão diante de seus pais, tal como eles a vêem, pedindo-lhes conselho. Quem é tão capaz de ver e indicar o perigo que eles correm, como os pais piedosos? Quem pode, como eles, compreender o temperamento particular de seus filhos? A mãe que observou toda disposição de espírito desde a infância, estando assim familiarizada com a natural inclinação, está mais bem preparada para aconselhar seus filhos. Quem pode dizer tão bem quais os traços de caráter a combater e restringir, como a mãe, ajudada pelo pai? TS1 142 2 Os filhos cristãos preferem o amor e aprovação de seus pais tementes a Deus, a toda bênção terrena. Amarão e honrarão a seus pais. Deve constituir um dos principais cuidados de sua vida saber como hão de tornar seus pais felizes. Nesta época rebelde, os filhos que não receberam a devida instrução e disciplina, têm bem pouca compreensão de sua obrigação para com os pais. Dá-se muitas vezes que, quanto mais os pais fazem por eles, tanto mais ingratos são, e menos os respeitam. As crianças que foram mimadas e servidas, esperam sempre isto; e caso sua expectativa não se realize, ficam decepcionadas e perdem o ânimo. Essa mesma disposição se manifestará através de toda a sua vida; serão impotentes, dependendo do auxílio de outros, esperando que outros os favoreçam, e lhes façam concessões. E caso encontrem oposição, mesmo depois de atingirem à idade adulta, julgam-se maltratados; e assim atravessam penosamente o caminho pelo mundo, mal sendo capazes de levar as próprias cargas, murmurando e irritando-se freqüentemente porque tudo não vai à medida de seus desejos. Crianças mimadas TS1 143 1 Pais mal-avisados estão ensinando a seus filhos lições que se lhes demonstrarão nocivas, e plantando ao mesmo tempo espinhos para os próprios pés. Julgam que, mediante o satisfazer aos desejos dos filhos, e deixá-los seguir as próprias inclinações, podem granjear-lhes o amor. Que erro! As crianças assim mimadas crescem sem restrições aos seus desejos, insubmissas na disposição, egoístas, exigentes e despóticas, um tormento para si mesmas e para os que as cercam. Em grande parte, os pais têm nas mãos a futura felicidade de seus filhos. Repousa sobre eles a importante obra de formar o caráter dos mesmos. Os ensinos ministrados na infância os acompanharão através da vida. Os pais semeiam as sementes que brotarão e darão frutos, seja para bem, seja para mal. Eles podem habilitar seus filhos e filhas para a felicidade ou para a miséria. TS1 143 2 As crianças devem ser ensinadas desde muito cedo a serem úteis, a se servirem a si mesmas e aos outros. Muitas filhas nestes tempos, podem sem remorso ver sua mãe labutando, cozinhando, lavando ou passando, enquanto elas se sentam na sala de visitas e lêem histórias, fazem tricô, crochê ou bordados. Têm o coração tão insensível como uma pedra. Mas onde se origina esse mal? Quais são os que têm a principal culpa nesse ponto, em geral? Os pobres e enganados pais. Passam por alto o futuro de seus filhos, e em seu errôneo afeto, deixam-nos sentar-se ociosamente, ou fazer o que é de pouca importância, que não exige exercício da mente ou dos músculos, e depois desculpam as indolentes filhas por serem fracas. Que as tornou fracas? Em muitos casos, foi a errônea educação. A devida quantidade de exercício em torno da casa, melhoraria tanto a mente como o corpo. Mas os filhos são privados disto devido às falsas idéias, até que ficam avessos ao trabalho. Isto é desagradável, e não se harmoniza com as idéias que eles nutrem sobre a gentileza. Julga-se impróprio de uma mulher e mesmo vulgar, lavar louça, passar ou estar a um tanque de lavar roupa. Tal é o ensino da moda que se ministra aos filhos nesta época infeliz. TS1 144 1 O povo de Deus deve ser governado por princípios mais elevados que os mundanos, que procuram pautar toda a sua conduta segundo a moda. Os pais tementes a Deus devem preparar os filhos para uma vida de utilidade. Não devem permitir que seus princípios de governo sejam manchados com as extravagantes idéias dominantes neste século, de que se devem acomodar às modas, e ser regidos pelas opiniões dos mundanos. Não devem permitir que os filhos escolham seus próprios companheiros. Ensinai-lhes que vos cumpre escolher para eles. Preparai-os para assumir responsabilidades enquanto jovens. TS1 144 2 Se vossos filhos forem desabituados ao trabalho, cansar-se-ão depressa. Queixar-se-ão de dor no lado, dor nas costas, cansaço dos membros; e estais em risco de, por dó, fazer vós mesmos o trabalho, para que eles não sofram um pouco. Que seja a princípio bem leve a responsabilidade a pesar sobre as crianças, e depois, dia a dia, aumentara, até que possam fazer a devida porção de trabalho sem se cansar. A inatividade é a maior causa de dor no lado e dor na costas entre as crianças. TS1 144 3 Há uma classe de jovens senhoras, nesta época, que são simplesmente criaturas inúteis, que servem apenas para respirar, comer, vestir, e dizer tolices enquanto seguram nas mãos uma peça de bordado ou um crochê. Poucas jovens, porém, mostram real discernimento e bom senso. Vivem uma vida de borboletas, sem objetivo especial. Quando esta classe de companheiras mundanas se ajuntam, quase que só podeis ouvir algumas tolas observações sobre vestidos, ou qualquer assunto frívolo, e depois riem de suas próprias observações, que consideram muito inteligentes. Isto é freqüentemente feito em presença de pessoas de mais idade, que não se podem deixar de entristecer por tal falta de reverência por seus anos. Essas jovens parecem haver perdido todo o senso de modéstia e boas maneiras. Todavia o modo por que foram criadas as leva a julgar isto o cúmulo da gentileza. TS1 145 1 Esse espírito é como uma doença contagiosa. O povo de Deus deve escolher o convívio de seus filhos, e ensinar-lhes a evitar a companhia desses mundanos vãos. As mães devem levar consigo as filhas para a cozinha, e ensiná-las pacientemente. Sua constituição ficará melhor por fazer esse trabalho; seus músculos adquirirão vigor e resistência, e serão mais saudáveis suas meditações, e mais elevadas, quando chegar o fim do dia. Talvez se achem fatigadas mas quão doce é o repouso depois de uma justa medida de trabalho! O sono, o suave restaurador da natureza, revigora o corpo fatigado, e prepara-o para os deveres do dia seguinte. Não deis a entender a vossos filhos que não importa se eles trabalham ou não. Ensinai-lhes que seu auxílio é necessário, seu tempo é valioso, e que contais com seus serviços. O pecado da preguiça TS1 145 2 Foi-me mostrado que muito pecado é resultado da preguiça. Mãos e mentes ativas não acham tempo para dar ouvidos a toda tentação sugerida pelo inimigo; as mãos e os cérebros ociosos, porém, estão sempre em condições de ser controlados por Satanás. Quando não devidamente ocupada, a mente demora-se em coisas impróprias. Os pais devem ensinar a seus filhos que a ociosidade é pecado. Foi me mostrado este texto: "Eis que esta foi a maldade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado." Ezequiel 16:49. TS1 145 3 Os filhos devem sentir-se em dívida para com os pais, que lhes têm protegido na infância e cuidado deles nas enfermidades. Devem compreender que os pais têm sofrido muita ansiedade por causa deles. Especialmente têm os pais conscienciosos e piedosos sentido profundo interesse em que seus filhos sigam a direção devida. Ao verem faltas neles, quão opresso lhes fica o coração! Pudessem os filhos que têm ocasionado esses desgostos ver o efeito de sua conduta, e haveriam de sensibilizar-se. Caso vissem as lágrimas de sua mãe e lhe ouvissem as orações a Deus em seu favor, se lhes fosse dado escutar-lhes os reprimidos e entrecortados suspiros, o coração lhes doeria, e confessariam prontamente suas faltas e pediriam perdão. Uma obra há a ser feita por velhos e jovens. Cumpre aos pais habilitarem-se melhor para se desempenhar de sua missão para com os seus rebentos. Alguns pais não compreendem os filhos, e não se relacionam verdadeiramente com eles. Existe com frequência grande separação entre aqueles e estes. Caso penetrassem os pais mais plenamente no sentimento dos filhos e verificassem o que lhes está no coração, isto exerceria sobre eles uma influência benéfica. A conversão de crianças TS1 146 1 Cumpre aos pais lidarem fielmente com as almas a eles confiadas. Não devem animar nos filhos o orgulho, o desperdício ou o amor da ostentação. Não lhes devem ensinar nem consentir que aprendam pequenas manhas que parecem divertidas nos pequeninos, mas que terão de desaparecer e pelas quais terão de ser corrigidos quando forem mais velhos. Os hábitos primeiramente formados não são esquecidos facilmente. Pais, deveis começar a disciplinar o espírito de vossos filhos enquanto bem tenros, visando que venham a ser cristãos. Seja todo o vosso esforço para sua salvação. Procedei como se eles fossem confiados aos vossos cuidados a fim de serem preparados, qual jóias preciosas, para brilharem no reino de Deus. Acautelai-vos, não os embaleis para adormecerem à beira do abismo da destruição, com a errônea idéia de que não têm idade suficiente para serem responsáveis, para se arrependerem de seus pecados e professarem a Cristo. TS1 146 2 Minha mente foi dirigida às muitas preciosas promessas registradas para aqueles que cedo buscam ao Salvador. "Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos, dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento." Eclesiastes 12:1. "Eu amo aos que Me amam, e os que de madrugada Me buscam Me acharão." Provérbios 8:17. O grande Pastor de Israel está a dizer ainda: "Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Lucas 8:16. Ensinai a vossos filhos que a mocidade é o melhor tempo de buscar ao Senhor. Então os fardos da vida não pesam sobre eles, e sua mente jovem não é perturbada pelos cuidados; enquanto são tão livres, devem consagrar o melhor de sua energia a Deus. TS1 147 1 Vivemos em uma época infeliz para as crianças. Forte corrente está impelindo para baixo, para a perdição, e é necessário mais que a experiência da meninice e sua força para avançar contra esta corrente, sem ser por ela derribado. Os jovens parecem em geral ser cativos de Satanás, e ele e seus anjos os estão conduzindo a uma destruição certa. Satanás e seus anjos estão guerreando contra o governo de Deus, e a todos os que sentem o desejo de entregar-Lhe o coração e Lhe obedecerem aos mandamentos, o inimigo procurará desconcertar, e vencer com suas tentações, a fim de se desanimarem e abandonarem a luta. TS1 147 2 Pais, ajudai a vossos filhos. Despertai da letargia de que vos achais possuídos. Vigiai continuamente para cortar a corrente e sacudir o peso do mal que Satanás está impelindo sobre vossos filhos. As crianças não podem fazer isto por si mesmas, mas os pais podem conseguir muito. Mediante fervorosa oração e viva fé, obter-se-ão grandes vitórias. Alguns pais não têm compreendido as responsabilidades que repousam sobre eles, e têm negligenciado a educação religiosa de seus filhos. Os primeiros pensamentos do cristão pela manhã, devem ser para Deus. Os trabalhos seculares e os interesses próprios devem vir em segundo lugar. Os filhos devem ser ensinados a respeitar e reverenciar a hora de oração. Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida, e o pai ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. Ide com humildade, coração cheio de ternura, e com o senso das tentações e perigos que se acham diante de vós e de vossos filhos; pela fé, atai-os ao altar, suplicando para eles o cuidado do Senhor. Anjos ministradores hão de guardar as crianças assim consagradas a Deus. É o dever dos pais cristãos, de manhã e à tarde, pela fervente oração e fé perseverante, porem um muro em torno de seus filhos. Cumpre-lhes instruí-los pacientemente -- bondosa e infatigavelmente ensinai-lhes a viver de maneira a agradar a Deus. A disciplina e educação apropriadas TS1 148 1 A impaciência nos pais desperta a mesma nos filhos. A paixão manifestada pelos pais, cria paixões nos filhos, suscitando-lhes o mal da própria natureza. Alguns pais corrigem os filhos severamente, num espírito de impaciência, e muitas vezes de paixão. Tais correções não produzem bons resultados. Procurando corrigir um mal, geram outro. O constante censurar e açoitar endurece as crianças e as afasta dos pais. TS1 148 2 Primeiro devem os pais aprender a se dominarem, depois poderão ser mais bem-sucedidos em controlar os próprios filhos. Toda vez que eles perdem o domínio de si mesmos, e falam e agem impacientemente, pecam contra Deus. Devem antes raciocinar com os filhos, apontar-lhes claramente seus erros, mostrar-lhes seu pecado, e impressioná-los com o pensamento de que não somente pecaram contra seus pais, mas contra o Senhor. Tendo o próprio coração submisso e cheio de piedade e dor por vossos filhos errantes, orai com eles antes de corrigi-los. Então a disciplina não os levará a vos aborrecerem. Hão de amar-vos. Verão que os não castigais por vos haverem contrariado, ou porque desejais descarregar sobre eles vosso desagrado; mas por um sentimento de dever, para seu próprio bem, para não serem deixados a crescer no pecado. TS1 149 1 Alguns pais têm deixado de dar aos filhos educação religiosa, e também negligenciado sua instrução escolar. Nem uma nem outra devia ter sido esquecida. A mente das crianças é ativa, e, caso não seja empregada em trabalho físico, ou ocupada no estudo, estará exposta às más influências. É pecado os pais permitirem que seus filhos cresçam na ignorância. Devem fornecer-lhes livros bons e interessantes, e ensiná-los a trabalhar, a terem horas de labor físico, e horas para dedicarem ao estudo e à leitura. Os pais devem buscar elevar a mente de suas crianças, e desenvolver-lhes as faculdades mentais. A mente deixada a si mesma, inculta, é geralmente baixa, sensual e corrupta. Satanás aproveita sua oportunidade, e educa as mentes ociosas. TS1 149 2 Pais, o anjo relator escreve toda palavra impaciente, irritada que dirigis a vossos filhos. Todo fracasso de vossa parte em ministrar-lhes o devido ensino, e mostrar-lhes a excessiva malignidade do pecado, e o resultado final de uma direção pecaminosa, é registrada contra o vosso nome. Toda palavra descuidada proferida diante deles, negligentemente ou em gracejo, toda palavra que não seja pura e elevada, o anjo relator assinala como uma mancha em vosso caráter cristão. Todos os vossos atos são registrados, sejam eles bons ou maus. TS1 149 3 Os pais não podem ser bem-sucedidos no governo dos filhos enquanto não houverem primeiro aperfeiçoado o domínio de si mesmos. Precisam primeiro aprender a subjugarem-se a si, a dominarem as próprias palavras, e até a expressão da fisionomia. Não devem permitir que as inflexões de sua voz sejam perturbadas ou agitadas pela exaltação e a paixão. Poderão assim exercer decidida influência sobre os filhos. As crianças talvez desejem fazer o que é direito, talvez se proponham no coração a ser obedientes e bondosas para com seus pais ou dirigentes; mas necessitam da parte deles auxílio e animação. Farão boas resoluções, mas a menos que seus princípios sejam fortalecidos pela religião, e sua vida influenciada pela renovadora graça de Deus, deixarão de atingir o alvo. TS1 150 1 Cumpre aos pais redobrarem de esforços pela salvação dos filhos. Devem instruí-los fielmente, não permitindo que façam como melhor puderem a educação própria. Não se deve suportar que os jovens aprendam o bem e o mal, indiscriminadamente, com a idéia de que um dia, no futuro, o bem predominará, e o mal perderá sua influência. O mal aumentará mais depressa que o bem. É possível que o mal que eles aprenderam seja desarraigado depois de muitos anos; mas quem se arriscará a isto? O tempo é breve. É mais fácil e muito mais seguro semear sementes puras e boas no coração de vossos filhos, do que arrancar mais tarde as ervas ruins. É dever dos pais vigiar para que influências ambientes não tenham efeito daninho sobre seus filhos. É seu dever escolher os companheiros para eles, e não permitir que eles mesmos os escolham. Quem cuidará disto, se os pais não o fizerem? Poderão outros ter por vossos filhos o interesse que vós mesmos deveríeis ter? Podem eles ter aquele constante cuidado e profundo amor nutrido pelos pais? TS1 150 2 Os filhos dos observadores do sábado talvez se tornem impacientes com a restrição, e julguem os pais muito estritos; é possível até que se levantem maus sentimentos em seu coração, e que eles nutram idéias de descontentamento, fiquem ressentidos contra os que estão trabalhando pelo seu bem presente, futuro e eterno. Se, porém, a vida lhes for poupada por alguns anos, hão de bendizer os pais por aquele estrito cuidado e fiel vigilância sobre eles nos anos de sua inexperiência. TS1 150 3 Os pais devem expor e simplificar o plano da salvação a seus filhos, de modo que o tenro espírito dos mesmos o possa apreender. As crianças de oito, dez, ou doze anos, já têm idade suficiente para serem dirigidas ao tema da religião individual. Não ensineis vossos filhos com referência a um tempo futuro em que eles terão idade bastante para se arrependerem e crerem na verdade. Caso sejam devidamente instruídas, crianças bem tenras podem ter idéias corretas quanto a seu estado de pecadores, e ao caminho da salvação por meio de Cristo. Os pastores são em geral bastante indiferentes para com a salvação das crianças, e não se dirigem a elas tão pessoalmente como deveriam. Passam com freqüência desaproveitadas áureas oportunidades de impressionar a mente delas. A influência doméstica TS1 151 1 A má influência em torno de nossos filhos é quase avassaladora; ela lhes está corrompendo a mente e arrastando-os à perdição. O espírito da juventude é naturalmente inclinado à leviandade; e nos verdes anos, antes de o caráter estar formado e o discernimento amadurecido, manifestam freqüentemente preferência por companheiros que exercerão nociva influência sobre eles. Alguns afeiçoam-se a pessoas de outro sexo, contrariamente aos desejos e rogos dos pais, e transgridem o quinto mandamento com o desonrá-los assim. É dever dos pais vigiarem o sair e o entrar de seus filhos. Devem estimulá-los e apresentar-lhes incentivos a serem atraídos ao lar, e que façam ver o interesse que os pais neles têm. Os chefes de família devem tornar o lar aprazível e alegre. TS1 151 2 Pais e mães, falai bondosamente a vossos filhos, lembrai-vos de como sois sensíveis, e do efeito que têm sobre vós as censuras; refleti e reconhecer que eles são como vós. O que não podeis suportar, não lanceis sobre eles. Se não vos é possível sofrer censura e acusação, tampouco o podem vossas crianças, mais fracas do que vós, e que não podem suportar tanto. Sejam sempre vossas palavras aprazíveis, alegres, como raios de sol em vossa família. Os frutos do domínio próprio, da solicitude e do esforço serão centuplicados. TS1 151 3 Os pais não têm direito de lançar uma nuvem sombria por sobre a felicidade de seus filhos mediante críticas ou censuras severas por quaisquer pequeninos erros. O verdadeiro erro e pecado, deve ser apresentado tão pecaminoso como na verdade é, seguindo-se uma firme, resoluta orientação a fim de impedir sua reincidência. As crianças precisam ser impressionadas com um senso de seus erros, todavia não se deve deixá-las em um desesperançado estado de espírito, mas com certa medida de animação quanto a poderem melhorar-se e conquistar-vos a confiança e aprovação. Demasiada brandura TS1 152 1 Alguns pais se enganam em dar a seus filhos demasiada liberdade. Têm por vezes tanta confiança neles, que não lhes vêem as faltas. É errado permitir às crianças, com certa despesa, fazerem visitas a distância, sem estarem acompanhadas dos pais ou de um guardião. Isto tem um mau efeito sobre elas. Chegam a pensar que são de muita importância, e que lhes pertencem certos privilégios, e caso estes lhes não sejam concedidos, acham que estão sendo tratadas injustamente. Referem-se a crianças que vão para lá e para cá, e têm muitas regalias, ao passo que elas as têm tão poucas. TS1 152 2 E a mãe, receando que os filhos a julguem injusta, satisfaz-lhes os desejos, o que se demonstra afinal grandemente nocivo para eles. Visitantes jovens, não tendo sobre si os olhos vigilantes dos pais para verem e corrigirem suas faltas, recebem muitas vezes impressões que levará meses para apagar. Minha atenção foi dirigida a casos de pais que tinham filhos bons e obedientes, os quais, tendo a maior confiança em certas famílias, confiaram em deixar seus filhos irem a certa distância para visitar esses amigos. Desse tempo em diante, houve inteira mudança na conduta e caráter de seus filhos. Antes estavam contentes e felizes em casa, e não tinham grande desejo de andar muito na companhia de outros jovens. Ao voltarem para os pais, a restrição parecia injustiça, e o lar se lhes afigurava uma prisão. Tais gestos imprudentes dos pais decidem o caráter de seus filhos. TS1 152 3 Por essas visitas, algumas crianças formam amizades que no fim se demonstram sua ruína. Pais, conservai, se puderdes, vossos filhos convosco, e vigiai-os com a mais profunda solicitude. Quando os deixais ir fazer visitas distantes de vós, eles julgam ter idade suficiente para cuidarem de si mesmos, e decidirem por si. Assim deixados a si mesmos, os jovens têm muitas vezes conversas sobre assuntos que os não refinam e elevam, nem lhes aumentam o amor pelas coisas religiosas. Quanto mais têm permissão de fazer visitas, tanto maior será seu desejo de ir, e menos atraente lhes parecerá o lar. TS1 153 1 Filhos, Deus achou por bem confiar-vos aos cuidados de vossos pais, para que vos instruam e disciplinem, desempenhando assim sua parte na formação de vosso caráter para o Céu. Todavia cumpre-vos a vós o decidir se formareis um bom caráter cristão, mediante o aproveitar da melhor maneira as vantagens que vos têm sido dadas por pais piedosos, fiéis, dados à oração. Não obstante toda a ansiedade e fidelidade dos pais em favor dos filhos, sozinhos eles não os podem salvar. Resta aos filhos uma obra a fazer. Cada filho tem um caso individual a atender. Pais crentes, tendes uma obra de responsabilidade diante de vós, o guiar os passos de vossos filhos, mesmo em sua experiência religiosa. Quando amarem verdadeiramente a Deus, vos bendirão e reverenciarão pelo cuidado que manifestastes por eles, e por vossa fidelidade em restringir-lhes os desejos e sujeitar-lhes a vontade. TS1 153 2 A influência dominante no mundo, é consentir que os jovens sigam a inclinação natural de seu espírito. E quando são muito desenfreados na mocidade, os pais dizem que hão de endireitar depois de algum tempo, e quando estiverem com dezesseis ou dezoito anos, raciocinarão por si, e deixarão seus maus hábitos, tornando-se afinal homens e mulheres úteis. Que engano! Permitem por anos que um inimigo semeie o jardim do coração, admitem que os errôneos princípios se desenvolvam e assim, em muitos casos, todo o labor empregado posteriormente naquele solo, nada aproveitará. TS1 153 3 Satanás é um astucioso e perseverante operário, um inimigo mortal. Quando quer que uma palavra inadvertida for dita para prejuízo da juventude, seja em lisonja, seja para fazê-los considerar com menos aversão a algum pecado, Satanás aproveita-se disto, e nutre a má semente, para que ela deite raiz e dê colheita abundante. Alguns pais têm permitido que os filhos formem maus hábitos, cujos vestígios poderão ser vistos através de toda a vida. Pesa sobre os pais esse pecado. Esses filhos podem professar cristianismo, todavia, sem uma obra especial da graça em seu coração, e uma completa reforma na vida, seus hábitos passados se manifestarão em toda a sua existência e ostentarão justamente o caráter que os pais permitiram que eles formassem. Misturados com o mundo em seus prazeres TS1 154 1 A norma da piedade é tão baixa entre os professos cristãos em geral, que os que desejam seguir a Cristo em sinceridade, acham essa tarefa muito mais trabalhosa e difícil do que de outro modo lhes seria. A influência dos professos cristãos mundanos é prejudicial aos jovens. A massa dos cristãos professos tem removido a linha divisória entre os cristãos e o mundo, e ao passo que professam viver para Cristo, estão vivendo para o mundo. Sua fé não tem senão uma pequena influência em restringir-lhes os prazeres; conquanto professem ser filhos da luz, andam em trevas, e são filhos da noite e das trevas. TS1 154 2 Os que andam nas trevas não podem amar a Deus e desejar sinceramente glorificá-Lo. Não se acham iluminados para discernir a excelência das coisas celestiais, e portanto não as podem amar. Professam ser cristãos porque isto é honroso, e não há para os seus ombros uma cruz. Seus motivos são freqüentemente egoístas. Alguns desses professos cristãos podem entrar na sala de baile, e participar de todos os divertimentos que ela oferece. Outros não chegam a esse ponto, mas sentem-se na liberdade de participar de reuniões de prazer, piqueniques, quermesses e espetáculos. E o mais atento dos olhos não poderia discernir nesses professos cristãos um sinal de cristianismo. Uma pessoa não distinguiria em seu aspecto qualquer diferença entre eles e o maior dos incrédulos. O professo cristão, o dissoluto, o franco escarnecedor da religião e o declarado profano, misturam-se todos como um só. E Deus os considera como um só no espírito e na prática. TS1 155 1 Uma profissão de cristianismo sem a fé e as obras correspondentes, de nada aproveitará. Homem algum pode servir a dois senhores. Os filhos do maligno são servos de seu senhor; de quem se fazem servos para lhe obedecer, desses são servos, e não podem ser servos de Deus enquanto não renunciarem ao diabo e a todas as suas obras. Não pode ser inofensivo para os servos do celeste Rei, o empenharem-se nos prazeres e diversões em que se empenham os servos de Satanás, embora eles repitam muitas vezes que tais diversões são inocentes. Deus tem revelado santas e sagradas verdades para separar Seu povo dos ímpios e purificá-los para Si. Os adventistas do sétimo dia devem viver sua fé. Os que obedecem aos Dez Mandamentos, vêem o estado do mundo e as coisas religiosas de um ponto de vista inteiramente diferente de como os vêem os professos cristãos que são amantes dos prazeres, que se esquivam à cruz e vivem na transgressão do quarto mandamento. TS1 155 2 No atual estado de coisas na sociedade, não é fácil tarefa os pais refrearem os filhos, e ensiná-los segundo a regra bíblica do direito. Os religiosos professos têm se afastado tanto da Palavra de Deus, que quando Seu povo volta para Sua sagrada Palavra, e quer educar os filhos segundo os preceitos dela e, como Abraão outrora, ordenar sua casa depois deles, as pobres crianças com tais influências ao seu redor julgam seus pais desnecessariamente restritos e por demais cuidadosos quanto a seus companheiros. Desejam naturalmente seguir o exemplo dos professos cristãos mundanos e amantes dos prazeres. TS1 155 3 Nestes dias mal se conhecem a perseguição e a injúria por amor de Cristo. Bem pouco é o sacrifício e a abnegação necessária para alguém se revestir de uma forma de piedade, ter o nome no livro da igreja; viver, porém, de tal maneira que nossos caminhos sejam agradáveis a Deus, e nossos nomes registrados no livro da vida, exigirá vigilância e oração, abnegação e sacrifício de nossa parte. Os professos cristãos não são de modo algum exemplo para a juventude, a não ser quando eles seguem a Cristo. As ações justas são inequívocos frutos da verdadeira piedade. O Juiz de toda a Terra dará a cada um segundo as suas obras. As crianças que seguem a Cristo têm diante de si uma batalha a travar; têm uma cruz diária a levar no sair do mundo, e serem separadas, e em imitarem a vida de Cristo. ------------------------Capítulo 29 -- Andar na luz TS1 157 1 Foi-me mostrado que o povo de Deus demora demasiado sob nuvens. Não é vontade dele que eles vivam em incredulidade. Jesus é luz, e nele não há treva alguma. Seus filhos são filhos da luz. São renovados à Sua imagem, e chamados das trevas para Sua maravilhosa luz. Ele é a luz do mundo, e assim são os que O seguem. Não andarão em trevas, mas terão a luz da vida. Quanto mais rigorosamente se esforçar o povo de Deus para imitar a Cristo, tanto mais perseverantemente serão eles perseguidos pelo inimigo; sua proximidade de Cristo, porém, fortalece-os para resistir aos esforços de seu astuto inimigo para os alienar de Cristo. TS1 157 2 Foi-me mostrado que há demasiado comparar-nos uns aos outros, tomando por exemplo mortais falíveis, quando temos um seguro e infalível Modelo. Não nos devemos medir pelo mundo, nem pelas opiniões dos homens, nem pelo que nós éramos antes de abraçarmos a verdade. Nossa fé e posição no mundo, porém, tais como são agora, devem ser comparados com o que poderiam ter sido, caso nossa direção tivesse sido sempre para a frente e para cima, desde que professamos ser seguidores de Cristo. Esta é a única comparação digna de confiança que se pode fazer. Em qualquer outra haverá engano. Se o caráter moral e o estado espiritual do povo de Deus não correspondem às bênçãos, privilégios e luz a eles concedidos, são pesados na balança, e os anjos fazem o registro: EM FALTA. TS1 157 3 Quanto a alguns, parece que lhes é oculto seu verdadeiro estado. Eles vêem a verdade, mas não lhe percebem a importância, ou suas reivindicações. Ouvem a verdade, mas não a compreendem plenamente, porque não harmonizam com ela sua vida, não sendo portanto santificados pela obediência à mesma. Todavia eles descansam tão desinteressados e satisfeitos como se a nuvem de dia e a coluna de fogo à noite fossem adiante deles, sinal do favor de Deus. Professam conhecer a Deus, mas negam-nO com as obras. Contam-se como Seu povo escolhido e peculiar, todavia Sua presença e poder de salvar perfeitamente raro se manifestam entre eles. Quão grandes são as trevas dessas pessoas! no entanto elas o não sabem. A luz resplandece, elas, porém, não a compreendem. Não há mais forte ilusão a enganar a mente humana, do que a que as faz crer que são justas, e que Deus aceita Suas obras, quando estão pecando contra Ele. Tomam a forma da piedade pelo espírito e poder da mesma. Julgam-se ricos, e que de nada têm falta, quando são pobres, miseráveis, cegos e nus, carecidos de tudo. TS1 158 1 Alguns há que professam ser seguidores de Cristo, e todavia não fazem nenhum esforço no sentido espiritual. Em todos os empreendimentos mundanos, desenvolvem esforços e manifestam ambição de conseguir seu objetivo, e realizar o desejado fim; no empreendimento da vida eterna, no entanto, em que tudo está em jogo e sua felicidade eterna depende de seu triunfo, procedem com tanta indiferença como se não fossem agentes morais, como se outro estivesse jogando a partida da vida por eles, e eles não tivessem nada a fazer senão aguardar os resultados. Oh, que loucura! que demência! Se todos manifestarem na vida eterna tão-somente aquele grau de ambição, zelo e diligência que mostram em seus empreendimentos mundanos, serão vitoriosos. Cada um, eu vi, tem de obter por si mesmo uma experiência, todos têm de desempenhar bem e fielmente sua parte na partida da vida. Satanás vigia sua oportunidade de apoderar-se das preciosas graças, quando estamos desapercebidos, e teremos um renhido conflito com as forças das trevas para conservar essas graças ou readquirir uma graça celeste caso, por falta de vigilância, a venhamos a perder. Alerta quanto ao conflito TS1 159 1 Foi-me mostrado, porém, que é privilégio dos cristãos alcançar de Deus força para conservar todo precioso dom. A oração fervente e eficaz será considerada no Céu. Quando os servos de Cristo tomam o escudo da fé como sua defesa, e a espada do Espírito para combater, há perigo no acampamento do adversário, e deve ser feita alguma coisa. A perseguição e as dificuldades apenas esperam que os que se acham dotados de poder do alto os chamem à ação. Quando a verdade em sua simplicidade e força prevalecer entre os crentes, e for posta contra o espírito do mundo, evidenciar-se-á que não há concórdia entre Cristo e Belial. Os discípulos de Cristo devem ser exemplos vivos da vida e espírito de seu Senhor. TS1 159 2 Jovens e velhos têm diante de si um conflito, uma guerra. Não devem dormir nem por um momento. Um perigoso inimigo está constantemente alerta para os desencaminhar e vencer. Os crentes na verdade presente devem ser tão vigilantes como seu adversário, e manifestar sabedoria em resistir a Satanás. Farão eles isto? Perseverarão eles nesta peleja? Serão cuidadosos de afastar-se de toda iniqüidade? Cristo é negado de muitas maneiras. Podemos negá-Lo por falar em contrário da verdade, por falar mal dos outros, por conversas e gracejos tolos, ou por palavras ociosas. Nestas coisas manifestamos bem pouco tato ou sabedoria. Tornamo-nos fracos; são débeis nossos esforços para resistir a nosso grande inimigo, e somos vencidos. "Do que há em abundância no coração disso fala a boca", e devido à falta de vigilância confessamos que Cristo não está em nós. TS1 159 3 Os que hesitam em consagrar-se sem reservas a Deus, fazem uma fraca obra no seguir a Cristo. Seguem-nO a tão grande distância que a metade do tempo não sabem se estão seguindo Suas pegadas, ou as do grande inimigo. Por que somos tão tardios em renunciar a nossos interesses nas coisas deste mundo, e tomar a Cristo como nossa única porção? Por que havemos nós de desejar conservar a amizade dos inimigos do Senhor, e seguir-lhes os costumes, e ser guiados por suas opiniões? Cumpre haver inteira entrega a Deus, entrega sem reservas, abandono e afastamento do amor do mundo e das coisas terrenas, ou não podemos ser discípulos de Cristo. TS1 160 1 A vida e espírito de Cristo é a única norma de excelência e perfeição; e nossa única direção segura é seguir-Lhe o exemplo. Se assim fizermos, Ele nos guiará por Seu conselho, recebendo-nos depois em glória. Precisamos esforçar-nos diligentemente, e estar dispostos a sofrer muito, a fim de seguir as pisadas de nosso Redentor. Deus está pronto a trabalhar por nós, a dar de Seu abundante Espírito, caso por isto nos esforcemos, vivamos para isto, e nisto creiamos; e então podemos andar na luz como Ele na luz está. Podemos nutrir-nos de Seu amor, e beber de Sua farta plenitude. TS1 160 2 Se a oração particular e a leitura das Escrituras são negligenciadas hoje, amanhã elas poderão ser omitidas com menos protestos da consciência. Haverá uma longa lista de omissões, tudo por causa de um único grão semeado no solo do coração. Por outro lado, todo raio de luz acariciado, dará uma colheita de luz. A tentação uma vez resistida, dará poder para resistir mais firmemente a segunda vez; toda nova vitória ganha sobre o próprio eu, aplainará o caminho para mais elevados e mais nobres triunfos. Toda vitória é uma semente semeada para a vida eterna. ------------------------Capítulo 30 -- Falsos dons do espírito TS1 161 1 O espírito de fanatismo tem dominado certa classe de observadores do sábado ali [no Leste dos Estados Unidos]; eles não têm bebido senão levemente da fonte da verdade, e não estão familiarizados com o espírito da mensagem do terceiro anjo. Coisa alguma se pode fazer por essa classe enquanto seus pontos de vista fanáticos não forem corrigidos. TS1 161 2 Algumas dessas pessoas têm formas de culto a que chamam dons, e dizem que o Senhor os pôs na igreja. Têm uma algaravia sem sentido a que chamam língua desconhecida, desconhecida não só ao homem, mas ao Senhor e a todo o Céu. Tais dons são manufaturados por homens e mulheres ajudados pelo grande enganador. O fanatismo, a exaltação, o falso falar línguas e os cultos ruidosos, têm sido considerados dons postos na igreja por Deus. Alguns têm sido iludidos a esse respeito. Os frutos de tudo isto não têm sido bons. "Pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. O fanatismo e o ruído têm sido considerados indícios especiais de fé. TS1 161 3 Algumas pessoas não se satisfazem com uma reunião, a menos que experimentem momentos de poder e de alegria. Esforçam-se por isso, e chegam a uma confusão dos sentimentos. A influência dessas reuniões, porém, não é benéfica. Ao passar o auge do sentimento, essas pessoas imergem mais fundo que antes da reunião, pois sua satisfação não proveio da devida fonte. As mais proveitosas reuniões para o bem espiritual, são as que se caracterizam pela solenidade e o profundo exame do coração, cada um procurando conhecer-se a si mesmo e, com sinceridade e profunda humildade, buscando aprender de Cristo. ... TS1 162 1 Há muitos espíritos desassossegados que não se submeterão à disciplina, ao sistema e à ordem. Julgam que sua liberdade seria restringida, caso tivessem de pôr de parte o juízo próprio e submeterem-se ao das pessoas de mais experiência. Não haverá progresso na obra de Deus, a menos que haja disposição para se submeterem à ordem, e expelirem de suas reuniões o espírito negligente e desordenado de fanatismo. As impressões e os sentimentos não são seguras provas de que uma pessoa esteja sendo dirigida pelo Senhor. Se não estivermos apercebidos, Satanás dará sentimentos e impressões. Estes não são guias seguros. TS1 162 2 Todos se devem familiarizar plenamente com as provas de nossa fé, e a grande preocupação deve ser adornarem sua profissão de fé, e produzirem frutos para glória de Deus. Ninguém deve tomar uma direção que o leve a se tornar aborrecível aos que não são membros da igreja. Devemos ser castos, modestos e elevados na conversação, bem como irrepreensíveis na vida. Um espírito frívolo, gracejador, negligente, deve ser censurado. Não é nenhum indício de ter a graça de Deus no coração, uma pessoa falar e orar eloqüentemente nas reuniões, e depois entregar-se a uma descuidosa e rude maneira de falar e agir, quando lá fora. Tais pessoas são mesquinhos representantes de nossa fé; são um obstáculo para a causa de Deus. TS1 162 3 Há estranha mistura de idéias entre os professos observadores do sábado em _____. Alguns não se acham em harmonia com o corpo da igreja, e conquanto continuem a ocupar a posição que têm agora, serão sujeitos às tentações de Satanás, e afetados pelo fanatismo e o espírito do erro. Alguns nutrem idéias fantasiosas, que lhes cegam os olhos para pontos importantes e vitais da verdade, levando-os a colocarem suas próprias e fantasiosas deduções no mesmo nível que a verdade vital. A aparência dessas pessoas, e o espírito que as acompanha, faz o sábado que elas professam muito objetável aos não adventistas sensatos. Seria muito melhor para o progresso e êxito da terceira mensagem angélica, se essas pessoas deixassem a verdade. ... TS1 163 1 Os pastores que trabalham na palavra e na doutrina, devem ser obreiros competentes, e apresentarem a verdade em sua pureza, todavia com simplicidade. Devem alimentar o rebanho com forragem limpa, cabalmente joeirada. TS1 163 2 Há estrelas errantes que professam ser ministros enviados por Deus, os quais andam pregando o sábado de lugar em lugar, mas que têm a verdade misturada com o erro, e estão lançando ao povo a massa de seus discordantes pontos de vista. Satanás os empurrou para dentro a fim de causar desagrado aos inteligentes e judiciosos que não são membros. Alguns desses têm muito a dizer sobre os dons, e são muitas vezes especialmente agitados. Entregam-se a sentimentos desordenados e produzem sons ininteligíveis, a que chamam o dom de línguas, e certa classe parece encantada com essas estranhas manifestações. Reina entre essa classe um espírito estranho, que subjuga e passa por cima de quem quer que os reprove. O Espírito de Deus não está nessa obra e não acompanha a tais obreiros. Eles têm outro espírito. Todavia, esses pregadores têm êxito entre certa classe. Isto, porém, aumenta grandemente o trabalho dos servos a quem Deus enviou, os quais se acham habilitados a apresentar perante o povo o sábado e os dons em seu devido aspecto, e cuja influência e exemplo são dignos de imitação. TS1 163 3 A verdade deve ser apresentada de maneira a torná-la atrativa ao espírito inteligente. Não somos bem compreendidos como um povo, mas olhados como pobres, fracos de espírito, baixos e degradados. Quão importante é, pois, para todos os que ensinam e todos os que crêem na verdade, ser tão afetados por sua santificadora influência, que a vida coerente, elevada que vivem, mostre aos não membros que eles se têm enganado com esse povo! Quão importante que a causa da verdade seja despojada de tudo que seja exaltação falsa e fanática, que a verdade se erga sobre os próprios méritos, revelando sua pureza e seu exaltado caráter naturais! TS1 163 4 Vi que é de alta importância que os pregadores da verdade sejam refinados em suas maneiras, que fujam às esquisitices e excentricidades, e apresentem a verdade em sua pureza e clareza. Minha atenção foi dirigida a Tito 1:9: "Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes." Em seguida, Paulo fala de uma classe que professa conhecer a Deus, mas que O nega nas obras, sendo "reprovados para toda a boa obra". Tito 1:16. E então ele exorta Tito: "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Os velhos sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, na caridade, e na paciência. ... Exorta semelhantemente os mancebos a que sejam moderados. Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós." Tito 2:1, 2, 6-8. Essas instruções acham-se escritas para benefício de todos aqueles a quem Deus chamou para pregar a Palavra, e também para benefício de Seu povo que dá ouvidos à Palavra. A verdade eleva TS1 164 1 A verdade de Deus jamais degradará, antes elevará ao que a recebe, apura-lhe o gosto, santifica-lhe o juízo, e aperfeiçoa-o para a companhia dos puros e santos anjos no reino de Deus. Alguns há a quem a verdade encontra vulgares, rudes, esquisitos, jactanciosos, prontos a aproveitar-se de seus semelhantes para se beneficiarem a si mesmos; erram por muitas maneiras, e todavia, quando a verdade é crida de coração por eles, operará inteira mudança em sua vida. Começaram imediatamente a obra de reforma. TS1 164 2 A pura influência da verdade elevará o homem todo. Em suas relações de negócio com os semelhantes, terá o temor de Deus diante de si e amará a seu próximo como a si mesmo, tratando como quereria ser tratado. Sua conversação será verdadeira, pura e de caráter tão elevado, que os descrentes não poderão se aproveitar dela, ou com justiça falar mal dele, nem ficar aborrecidos com suas maneiras sem cortesia e sua linguagem imprópria. Ele introduzirá a santificadora influência da verdade em sua família, e fará resplandecer de tal maneira diante deles sua luz que, vendo suas boas obras, possam glorificar a Deus. Em todas as situações da vida, há de exemplificar a vida de Cristo. TS1 165 1 A lei de Deus não se satisfaz com coisa alguma que não seja a perfeição, a perfeita e inteira obediência a todos os seus reclamos. O chegar a meio caminho de suas reivindicações, e não prestar perfeita e completa obediência, de nada aproveitará. Os mundanos e infiéis admiram a coerência, e sempre se convenceram poderosamente de que Deus estava com Seu povo quando as obras desse povo correspondiam à fé que professavam. "Por seus frutos os conhecereis." Mateus 7:20. Toda árvore é conhecida por seus frutos. Nossas palavras e ações são os frutos que apresentamos. TS1 165 2 Há muitos que ouvem os ensinos de Cristo, mas não os praticam. Fazem profissão de fé, mas seus frutos são de molde a desgostar aos que não são membros. São jactanciosos, e oram e falam orgulhosamente, exaltando-se a si mesmos, contando suas boas ações e, como os fariseus, agradecendo por assim dizer a Deus porque não são como os outros homens. No entanto esses mesmos são fraudulentos, aproveitam-se de outros nos negócios. Não dão bons frutos. Suas palavras e atos são injustos, e ainda eles parecem cegos à própria condição destituída e miserável. TS1 165 3 Foi-me mostrado que o texto seguinte é aplicável aos que se acham em tal ilusão: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? e em Teu nome não expulsamos demônios? e em Teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." Mateus 7:21-23. TS1 165 4 Aí está a maior ilusão que pode afetar o espírito humano; essas pessoas crêem que são justas, quando estão erradas. Julgam estar fazendo uma grande obra em sua vida religiosa, mas afinal Jesus arranca sua cobertura de justiça própria, e apresenta vividamente diante deles o verdadeiro quadro de sua própria condição, em todos os seus erros e deformidades de caráter religioso. São achados em falta quando é para sempre demasiado tarde para suprir-lhes as carências. Deus providenciou meios para corrigir o errante; todavia, se os que erram preferem seguir seu próprio juízo, e desprezam os meios ordenados por Ele para os corrigir e uni-los na verdade, serão levados à posição descrita pelas palavras de nosso Senhor, acima citadas. TS1 166 1 Deus está conduzindo um povo e preparando-o para apresentar-se como um, unido, para falar as mesmas coisas, e assim cumprir a oração de Cristo por Seus discípulos. "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:20, 21. Pequenos grupos de almas desassossegadas TS1 166 2 Erguem-se continuamente pequenos grupos que crêem que Deus está unicamente com os poucos, os dispersos, e sua influência é derribar e espalhar o que os servos de Deus constroem. Espíritos desassossegados, que desejam ver e crer constantemente alguma coisa nova, surgem de contínuo, uns aqui, outros ali, fazendo todos uma obra especial para o inimigo, e todavia pretendendo possuir a verdade. Eles ficam separados do povo a quem Deus está conduzindo e fazendo prosperar, e por meio de quem há de realizar Sua grande obra. Esses estão continuamente exprimindo seus temores de que o corpo de observadores do sábado se esteja tornando como o mundo; mas dificilmente há dois deles cujos pontos de vista se harmonizem. Acham-se dispersos e confundidos, e todavia se enganam a si mesmos a ponto de pensar que Deus está especialmente com eles. Alguns desses professam possuir os dons entre eles; mas são levados, mediante a influência e os ensinos desses dons, a pôr em dúvida aqueles a quem Deus confiou o especial encargo de Sua obra, e a tirar uma classe de pessoas do corpo da igreja. O povo que, segundo a Palavra de Deus, está se esforçando ao máximo para ser um, os que são estabelecidos na mensagem do terceiro anjo, são olhados com suspeita, pelo fato de estarem estendendo sua obra, e reunindo almas à verdade. São considerados mundanos, porque exercem influência sobre o mundo, e seus atos testificam de que eles estão esperando que Deus faça ainda uma obra grande e especial na Terra -- conduzir um povo e prepará-lo para o aparecimento de Cristo. TS1 167 1 Essa classe não sabe realmente o que crê, ou as razões de sua crença. Eles estão sempre aprendendo, e nunca são capazes de chegar ao conhecimento da verdade. Surge um homem com idéias extravagantes, errôneas e pretende que Deus o enviou com nova e gloriosa luz e todos devem crer no que ele apresenta. Alguns que não têm fé estabelecida, que não se acham subordinados ao corpo de crentes, mas andam flutuando daqui para ali sem âncora que os firme, recebem aquele vento de doutrina. Sua luz resplandece de molde a fazer o mundo afastar-se dele, desgostoso, e aborrecê-lo. Então ele se coloca de maneira blasfema ao lado de Cristo, e pretende que o mundo o aborrece pela mesma razão por que aborreceu a Cristo. TS1 167 2 Levanta-se outro, dizendo ser guiado por Deus, e advoga a heresia da não ressurreição dos ímpios, a qual é uma das grandes obras-primas de erro satânico. Outro nutre errôneos pontos de vista com relação à idade futura. Outro insiste zelosamente no costume [traje] americano. Todos querem plena liberdade religiosa, e cada um age independentemente dos outros, e pretendem todavia que Deus esteja operando especialmente entre eles. Guias presunçosos TS1 167 3 Alguns se regozijam e exultam em possuir os dons que os outros não têm. Que Deus guarde Seu povo de tais dons. Que fazem esses dons em benefício deles? São eles, mediante o exercício desses dons, levados à unidade da fé? E convencem os descrentes de que Deus está em verdade com eles? Quando esses dissidentes, sustentando suas várias idéias, se reúnem e há considerável agitação, e língua desconhecida, fazem sua luz brilhar de tal modo, que os descrentes dizem: Esta gente não está em seu juízo; são levados por um falso reavivamento, e conhecemos que não possuem a verdade. Esses tais colocam-se diretamente no caminho dos pecadores; sua influência é eficaz em impedir outros de aceitar o sábado. Essas pessoas serão recompensadas segundo suas obras. Prouvera a Deus que eles se reformassem ou abandonassem o sábado! Assim não se atravessariam no caminho dos descrentes. TS1 168 1 Deus tem guiado homens que labutaram por anos, que têm estado prontos a fazer qualquer sacrifício, têm sofrido privações e suportado provas para apresentar a verdade ao mundo, e por sua vida coerente, remover a mancha que os fanáticos têm trazido sobre a causa de Deus. Têm encontrado oposição em toda maneira. Têm labutado noite e dia na pesquisa das provas de nossa fé, de modo a poderem fazer aparecer a verdade em toda a sua clareza, em forma organizada, a fim de poder resistir à oposição. O incessante trabalho e as provas mentais ligadas a esta grande obra, minaram mais de um organismo, envelhecendo prematuramente muitas pessoas. Eles não se esgotaram em vão. Deus observou suas ferventes e angustiosas orações, feitas por entre lágrimas, a fim de poderem alcançar luz e verdade, e que esta pudesse brilhar em sua clareza perante os outros. Ele marcou os abnegados esforços que eles fizeram, e recompensá-los-á em harmonia com suas obras. TS1 168 2 Por outro lado, aqueles que não lidaram para trazer à luz essas preciosas verdades, apareceram e receberam alguns pontos, como a verdade do sábado, pontos todos preparados, ao alcance de sua mão, e depois, toda a gratidão por eles manifestada pelo que nada lhes custou, mas custou tanto a outros, é levantarem-se como Coré, Datã e Abirã, e infamarem aqueles sobre quem Deus colocou a responsabilidade de Sua obra. Diziam: "Demais é já, pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?" Números 16:3. Eles são estranhos à gratidão. Possuem um espírito determinado, que não cede à razão, e que os levará avante à própria ruína. TS1 169 1 Deus tem abençoado Seu povo, que prosseguiu adiante, seguindo o caminho providencialmente aberto por Ele. O Senhor trouxe um povo, saído de todas as classes, para a grande plataforma da verdade. Incrédulos têm-se convencido de que Deus estava com Seu povo, e têm humilhado o coração para obedecer à verdade. A obra de Deus avança decididamente. Todavia, não obstante todas as provas de que Deus tem estado a guiar o corpo de crentes, há e continuará a haver pessoas que professem o sábado agindo independentemente do corpo, e crendo e procedendo segundo lhes aprouver. Suas idéias são confusas. Sua condição dispersa é um permanente testemunho de que Deus não está com eles. O sábado e seus erros são postos pelo mundo no mesmo plano, e juntamente rejeitados. TS1 169 2 Deus está irado com os que seguem uma direção de molde a fazer com que o mundo os odeie. Se um cristão é odiado por causa de suas boas obras e por seguir a Cristo, terá uma recompensa; mas se ele é aborrecido por não seguir orientação de molde a ser amado; aborrecido por causa de suas maneiras incultas e porque faz da verdade motivo de questões com os vizinhos, e vive de maneira a tornar o sábado o mais desagradável possível para eles, esse cristão é uma pedra de tropeço para os pecadores, um obstáculo para a verdade sagrada. A menos que ele se arrependa, melhor seria que lhe pusessem uma pedra de moinho ao pescoço, e fosse atirado ao mar. TS1 169 3 Nenhuma ocasião deve ser dada aos descrentes para criticar nossa fé. Somos considerados esquisitos e diferentes, e não devemos seguir um procedimento que leve os descrentes a assim nos julgarem, mais do que nossa fé requer que sejamos. TS1 169 4 Há na natureza humana a tendência de pender para os extremos, e de um extremo a outro inteiramente oposto. Muitos são fanáticos. São consumidos por um ardente zelo, o qual é tomado por religião; mas o caráter é a verdadeira prova do discipulado. Têm eles a mansidão de Cristo? Têm Sua humildade e suave benevolência? Está o templo da alma vazio de orgulho, arrogância, egoísmo e crítica? Caso não seja assim, eles não sabem de que espírito são. Não compreendem que o verdadeiro cristianismo consiste em produzir muito fruto para a glória de Deus. TS1 170 1 Outros vão a outro extremo em sua conformidade com o mundo. Não há linha clara, distinta de separação entre eles e os mundanos. Se em um caso os homens são afugentados da verdade por um espírito áspero, censor, condenatório, neste outro caso são levados a concluir que o professo cristão é destituído de princípios, e nada conhece de uma mudança de coração ou caráter. "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus" (Mateus 5:16), são as palavras de Cristo. -- Testimonies for the Church 5:305, 306 (1885). TS1 170 2 O Senhor requer que Seu povo empregue a razão, e não a ponha de lado por impressões. Sua obra será compreensível a todos os Seus filhos. Seus ensinos serão de molde a se recomendarem ao entendimento das pessoas estudiosas. São calculados a elevar a mente. O poder de Deus não é manifestado em toda ocasião. A necessidade do homem é a oportunidade de Deus. -- Testimonies for the Church 1:230 (1861). TS1 170 3 Quando os que têm testemunhado e experimentado falsos exercícios espirituais, se convencem de seu engano, então Satanás se aproveita desses erros, e os põe constantemente diante deles de modo a atemorizá-los quanto a quaisquer exercícios espirituais, e dessa maneira busca destruir-lhes a fé na verdadeira piedade. Porque foram uma vez enganados, temem fazer qualquer esforço por meio de fervorosa e sincera oração a Deus em busca de auxílio especial e vitória. Essas pessoas não devem deixar Satanás alcançar seu objetivo, e atirá-las ao frio formalismo e incredulidade. Precisam lembrar que o fundamento de Deus fica firme. Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso. Sua única segurança é colocar os pés sobre a firme plataforma, para ver e entender a terceira mensagem angélica, prezar, amar e obedecer à verdade. -- Testimonies for the Church 1:323, 324 (1862). ------------------------Capítulo 31 -- A oração de Davi TS1 172 1 Foi-me mostrado Davi rogando ao Senhor que o não abandonasse quando fosse velho, e o que foi que lhe inspirou essa fervorosa oração. Ele viu que a maioria das pessoas idosas que o rodeavam não eram felizes, e que os traços lamentáveis de caráter aumentavam especialmente com a idade. Se as pessoas eram naturalmente mesquinhas e cobiçosas, isto se acentuava desagradavelmente em sua velhice. Se eram ciumentas, irritáveis e impacientes, tornavam-se mais ainda quando idosas. TS1 172 2 Davi afligia-se ao ver que reis e nobres que pareciam ter o temor de Deus diante de si enquanto se achavam no vigor da varonilidade, tornavam-se ciumentos de seus melhores amigos e parentes, quando de idade. Receavam continuamente que houvesse motivos egoístas nas manifestações de interesse dos amigos para com eles. Davam ouvidos às sugestões e conselhos enganosos de estranhos com relação àqueles em quem deviam confiar. Seus não refreados ciúmes inflamavam-se por vezes, porque nem todos concordavam com seu juízo falível. Terrível era sua cobiça. Pensavam muitas vezes que os próprios filhos e parentes desejavam que eles morressem a fim de tomar-lhes o lugar e possuir-lhes as riquezas, e receber as homenagens que lhes haviam sido prestadas. E alguns eram de tal modo controlados pelos ciúmes e sentimentos de cobiça, que destruíam os próprios filhos. TS1 172 3 Davi observava que, se bem que a vida de alguns houvesse sido justa enquanto se achavam no vigor dos anos, eles pareceram perder o domínio de si mesmos ao sobrevir-lhes a velhice. Satanás penetrou-lhes no espírito e os dirigiu, tornando-os desassossegados e descontentes. Viu Davi que muitos dos idosos pareciam abandonados por Deus, e se expunham ao ridículo e ao insulto por parte de seus inimigos. Davi sentia-se profundamente abalado; ficou aflito ao pensar nos anos futuros, quando estivesse velho. Temia que Deus o deixasse, e que ele fosse tão infeliz como outros velhos cuja conduta ele observara, e exposto à desonra dos inimigos do Senhor. O coração opresso por isto, ele orou fervorosamente: "Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força. Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as Tuas maravilhas. Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a Tua força a esta geração, e o Teu poder a todos os vindouros." Salmos 71:9, 17, 18. Davi sentia a necessidade de guardar-se contra os males que acompanham a velhice. TS1 173 1 Dá-se freqüentemente que os idosos não estão dispostos a compreender e reconhecer que sua força mental está falhando. Abreviam os próprios dias com o tomarem sobre si cuidados que pertencem a seus filhos. Satanás joga muitas vezes com a imaginação deles, e leva-os a sentirem contínua ansiedade com relação aos bens que possuem. Isto é seu ídolo, e amontoam com avaro cuidado. Privam-se muitas vezes dos confortos da vida, e trabalham além de suas forças, de preferência a empregar os meios que têm. Colocam-se assim em constante carência, por temor de que, em algum tempo futuro, venham a sofrer falta. Todos esses temores são originados por Satanás. Ele estimula os órgãos que levam aos temores servis e aos ciúmes que corrompem a nobreza da alma e destroem os pensamentos e sentimentos elevados. Essas pessoas são insanas no que respeita ao dinheiro. Caso tomassem a atitude que Deus deseja que mantenham, seus últimos dias seriam os melhores e mais felizes. Os que têm filhos em cuja honestidade e judicioso governo têm motivos para confiar, devem permitir que eles os tornem felizes. A menos que façam isto, Satanás se aproveitará de sua falta de resistência mental, e manejará com eles. Devem pôr de lado a ansiedade e as preocupações, ocupar o tempo da maneira mais satisfatória possível, e amadurecerem para o Céu. ------------------------Capítulo 32 -- A devida observância do Sábado TS1 174 1 Foi-me mostrado em 25 de Dezembro de 1865, que tem havido muita negligência com relação à observância do sábado. Não tem havido prontidão para cumprir os deveres seculares durante os seis dias de trabalho dados por Deus ao homem, nem cuidado de não infringir uma hora do santo e sagrado tempo que Ele reservou para Si mesmo. Não há ocupação humana que deva ser considerada de tanta importância que faça transgredir o quarto mandamento do Senhor. TS1 174 2 Há casos em que Cristo deu permissão de trabalhar mesmo no sábado -- no salvar a vida de homens e animais. Mas se violamos a letra do quarto mandamento para nosso próprio benefício, do ponto de vista financeiro, tornamo-nos transgressores do sábado, e culpados de transgressão de todos os mandamentos; pois se pecamos em um ponto, somos culpados de todos. TS1 174 3 Se a fim de salvar a propriedade quebramos o expresso mandamento do Senhor, onde está o ponto de parada? Onde estabeleceremos os limites? Transgridamos em uma pequena coisa, e consideremos isso como não sendo um pecado particular de nossa parte, e a consciência se torna endurecida, embotadas as sensibilidades, até que iremos ainda mais adiante, e faremos uma porção de serviço, e ainda nos lisonjearemos de ser observadores do sábado quando, segundo a norma de Cristo, estamos violando cada um dos santos preceitos de Deus. Há uma falta da parte dos observadores do sábado nesse sentido, mas Deus é muito exato, e todos os que julgam estar poupando um pouco de tempo, ou se beneficiando a si mesmos, por uma pequena infração do tempo do Senhor, cedo ou tarde encontrarão prejuízo. Ele não os pode abençoar como seria Seu prazer fazê-lo, pois Seu nome é desonrado por eles, Seus preceitos considerados de pouca importância. A maldição de Deus repousará sobre eles, e perderão dez ou vinte vezes mais do que lucram. "Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais. ... Me roubais a Mim, vós toda a nação." TS1 175 1 Deus deu ao homem seis dias em que trabalhar para si mesmo, mas reservou um dia em que Ele deve ser especialmente honrado. Deve ser glorificado, respeitada Sua autoridade. E todavia o homem rouba a Deus tirando um pouco do tempo que o Criador reservou para Si. Deus reservou o sétimo dia como um período de repouso para o homem, para bem do homem mesmo, assim como para glória Sua. Ele viu que as necessidades do homem exigiam um dia de repouso da labuta e do cuidado, que sua saúde e vida seriam postas em perigo, sem um período de abandono do trabalho e da ansiedade dos seis dias. TS1 175 2 O sábado foi feito para benefício do homem; e transgredir conscientemente o santo mandamento que proíbe o trabalho no sétimo dia é um crime à vista do Céu, o qual era sob a lei mosaica de tanta importância, que exigia a morte do ofensor. Isto, porém, não era tudo quanto o faltoso devia sofrer, pois Deus não levaria para o Céu um transgressor de Sua lei. Ele devia sofrer a segunda morte, a plena e última pena para o transgressor da lei de Deus. ------------------------Capítulo 33 -- Seguros de vida TS1 176 1 Foi-me mostrado que os adventistas observadores do sábado não se devem meter em seguros de vida. Isto é um comércio com o mundo, que o Senhor não aprova. Os que se empenham nisso estão-se unindo ao mundo, ao passo que Deus chama Seu povo a sair de entre eles, e a ser separado. Disse o anjo: "Cristo vos comprou pelo sacrifício de Sua vida. Quê! 'não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.' 1 Coríntios 6:19, 20. Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é vossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória." Eis o único seguro de vida sancionado pelo Céu. TS1 176 2 O seguro de vida é um método mundano que leva nossos irmãos a nele se meterem a fim de se apartarem da simplicidade e pureza do evangelho. Todo afastamento assim enfraquecerá nossa fé e diminuirá nossa espiritualidade. Disse o anjo: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:9. Como um povo, somos do Senhor em sentido especial. Cristo nos comprou. Anjos magníficos em poder nos rodeiam. Nem um passarinho cai ao solo sem o conhecimento de nosso Pai celestial. Mesmo os cabelos de nossa cabeça estão contados. Deus tomou providências em favor de Seu povo. Tem por eles especial cuidado, e eles não devem desconfiar de Sua providência, metendo-se em um plano juntamente com o mundo. TS1 176 3 É desígnio de Deus que conservemos em singeleza e santidade nosso caráter peculiar, como um povo. Os que se ligam a esse método mundano, depositam meios que pertencem a Deus, que Ele lhes confiou para que empreguem em Sua causa, para promover o avançamento de Sua obra. Poucos, porém, obterão quaisquer lucros do seguro de vida, e sem a bênção de Deus mesmo esses se demonstrarão prejuízo em vez de benefício. Aqueles a quem Deus fez mordomos Seus, não têm direito de colocar nas fileiras do inimigo os recursos que Ele lhes confiou para usar em sua causa. TS1 177 1 Satanás está constantemente apresentando engodos ao povo escolhido de Deus, a fim de desviar-lhes o espírito da solene obra de preparo para as cenas que se acham mesmo diante de nós, no futuro. Ele é, em todo o sentido da palavra, um enganador, um hábil encantador. Reveste seus planos e ardis de coberturas de luz tomadas emprestadas ao Céu. Tentou Eva a comer do fruto proibido, fazendo-a crer que isto seria para ela grandemente vantajoso. Satanás leva seus agentes a introduzirem várias invenções e patentes, e outros empreendimentos, para que os adventistas do sétimo dia que estão ansiosos de enriquecer, caiam em tentação, fiquem enredados, e se traspassem a si mesmos com muitas dores. Ele está inteiramente alerta, atarefadamente empenhado em levar o mundo cativo e, mediante a cooperação dos mundanos, mantém continuamente alguma aprazível armadilha para atrair os incautos que professam crer na verdade, a se unirem com os mundanos. A concupiscência dos olhos, o desejo de excitação e de agradáveis entretenimentos, é uma tentação e laço para o povo de Deus. Satanás tem muitas redes finamente tecidas, perigosas, com aparência de inocentes, mas com as quais se prepara habilmente para absorver o povo de Deus. Há aprazíveis espetáculos, diversões, conferências sobre frenologia, e uma infindável variedade de empreendimentos que surgem de contínuo, e são calculados a levar o povo de Deus a amar o mundo e as coisas que há no mundo. Mediante esta união com o mundo, a fé se enfraquece, e os meios que deviam ser empregados na causa da verdade presente, são transferidos para as fileiras do inimigo. Por meio desses diferentes veículos, está Satanás drenando habilmente a bolsa do povo de Deus, e assim pesa sobre eles o desagrado do Senhor. ------------------------Capítulo 34 -- Saúde e religião TS1 178 1 Há pessoas de imaginação doentia, para quem a religião é um tirano, governando-as como com vara de ferro. Essas pessoas estão continuamente lamentando sua depravação, e gemendo por um suposto mal. Não há amor em seu coração; têm sempre um semblante carregado. Ficam frias ao inocente riso da juventude ou de quem quer que seja. Consideram toda recreação ou diversão pecado, e pensam que a mente deve estar constantemente trabalhando no mesmo grau de severa tensão. Isso é extremismo. Outras acham que a mente deve estar de contínuo em tensão para inventar entretenimentos e diversões a fim de obter saúde. Aprendem a depender da agitação e sentem-se desassossegados sem ela. Tais pessoas não são verdadeiros cristãos. Vão ao outro extremo. TS1 178 2 Os verdadeiros princípios do cristianismo abrem perante todos uma fonte de inestimável felicidade, cuja altura e profundidade, comprimento e largura são imensuráveis. É Cristo em nós, uma fonte de água que salta para a vida eterna. Fonte contínua da qual o cristão pode beber à vontade, sem nunca a esgotar. TS1 178 3 O que traz doença ao corpo e à mente de quase todos, são os sentimentos de descontentamento, e as murmurações de quem está mal satisfeito. Não têm a Deus, não têm aquela esperança que penetra para além do véu, que é como a âncora da alma segura e firme. Todos os que possuem essa esperança hão de purificar-se a si mesmos assim como Ele é puro. Estes se acham livres de desassossegados anseios, murmurações e descontentamento; não estão continuamente esperando o mal e aninhando emprestadas aflições. Vemos, porém, muitos que estão passando antecipadamente por um tempo de angústia; a ansiedade estampa-se em cada feição; parecem não encontrar consolo, e apresentam um aspecto de contínuo temor na expectativa de algum terrível mal. TS1 179 1 Essas pessoas desonram a Deus, e desacreditam a religião de Cristo. Não possuem verdadeiro amor para com Deus, nem por seus companheiros e filhos. Suas afeições tornaram-se doentias. Vãos divertimentos, porém, jamais hão de corrigir a mente dos que são assim. Para serem felizes, eles necessitam a influência transformadora do Espírito de Deus. TS1 179 2 A afinidade que existe entre a mente e o corpo, é muito grande. Se um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente tem muito que ver com a saúde física. Se a mente está despreocupada e contente, sob a consciência do dever cumprido e com certo senso de satisfação por proporcionar felicidade a outros, isto criará uma alegria que reagirá sobre todo o organismo, produzindo mais perfeita circulação do sangue, o fortalecimento de todo o corpo. A bênção de Deus é um remédio; e os que são generosos em beneficiar a outros, experimentarão essa maravilhosa bênção no próprio coração e vida. -- Testimonies for the Church 4:60, 61 (1876). TS1 179 3 A religião da Bíblia não é prejudicial à saúde do corpo, ou do espírito. A influência do Espírito de Deus é o melhor remédio que um homem ou mulher possa receber, quando doente. O Céu é todo saúde; e quanto mais profundamente se experimentarem as influências celestes, tanto mais certa será a cura do crente inválido. -- Testimonies for the Church 3:172 (1872). TS1 179 4 Satanás é o originador da doença; e o médico luta contra sua obra e poder. Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças de que sofrem os homens, têm aí sua base. Talvez algum vivo problema doméstico esteja, como um câncer, roendo a própria alma e debilitando as forças vitais. O remorso do pecado por vezes mina a constituição e desequilibra a mente. Existem também doutrinas errôneas, como a de um inferno eternamente ardente, e o tormento sem fim dos ímpios, as quais dando uma visão exagerada e desvirtuada do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre espíritos sensíveis. Incrédulos têm explorado ao máximo esses casos infelizes, atribuindo a insanidade à religião; mas é esta uma acusação grosseira, e que não terão prazer em enfrentar, afinal. A religião de Cristo, longe de ser causa de insanidade, é um de seus mais eficazes remédios, pois é poderoso calmante dos nervos. -- Testimonies for the Church 5:444 (1885). TS1 180 1 O fardo do pecado, com seu desassossego e desejos não satisfeitos, jaz mesmo à base de grande parte das doenças sofridas pelos pecadores. Cristo é o poderoso comunicador de cura à alma enferma de pecado. Esses pobres sofredores precisam ter um conhecimento mais claro daquele a quem conhecer devidamente, é vida eterna. Eles precisam ser paciente e bondosa mas diligentemente ensinados quanto à maneira de abrir completamente as janelas da alma, deixando entrar o Sol do amor de Deus, para iluminar os obscurecidos compartimentos da mente. -- Testimonies for the Church 4:579 (1881). ------------------------Capítulo 35 -- Temperança cristã TS1 181 1 "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. TS1 181 2 Não somos de nós mesmos. Fomos comprados por alto preço, os próprios sofrimentos e morte do Filho de Deus. Caso pudéssemos compreender isto, e o avaliássemos plenamente, experimentaríamos uma grande responsabilidade a repousar sobre nós quanto a manter-nos no melhor estado de saúde, a fim de prestar a Deus um serviço perfeito. Quando, porém, seguimos qualquer orientação que nos gasta a vitalidade, diminui a força ou obscurece o intelecto, pecamos contra Deus. Ao seguirmos essa orientação não O glorificamos no corpo e no espírito, que Lhe pertencem, mas estamos cometendo grande erro aos Seus olhos. TS1 181 3 Entregou-Se Jesus Cristo por nós? Foi um grande preço pago pela nossa redenção? É mesmo verdade que não somos de nós mesmos? É real que todas as faculdades de nosso ser, nosso corpo, espírito, tudo quanto possuímos e tudo quanto somos pertencem a Deus? Certamente sim. E ao compreendermos isso, sob que obrigação esse fato nos coloca para com o Senhor, de conservar-nos naquelas condições em que O possamos honrar na Terra, em nosso corpo e no espírito que Lhe pertencem! O fim da graça TS1 181 4 Cremos, sem nenhuma dúvida, que Cristo está para vir em breve. Isto não é uma fábula para nós; é uma realidade. Não temos dúvida, nem por anos temos duvidado uma só vez, de que as doutrinas que hoje mantemos sejam verdade presente, e de que nos estamos aproximando do juízo. Estamos nos preparando para encontrar-nos com Aquele que, acompanhado por uma comitiva de santos anjos, há de aparecer nas nuvens do céu, para dar aos fiéis e justos o toque final da imortalidade. Quando Ele vier, não nos purificará de nossos pecados, para remover de nós os defeitos de caráter, nem para curar-nos das fraquezas de nosso temperamento e disposição. Se acaso esta obra houver de ser efetuada em nós, sê-lo-á totalmente antes daquela ocasião. TS1 182 1 Quando o Senhor vier, os que são santos serão santos ainda. Os que houverem conservado o corpo e o espírito em santidade, em santificação e honra, receberão então o toque final da imortalidade. Mas os que são injustos, não santificados e sujos, assim permanecerão para sempre. Nenhuma obra se fará então por eles para lhes remover os defeitos, e dar-lhes um caráter santo. Naquela ocasião, o Refinador não Se ocupará com o processo de purificação, para remover-lhes os pecados e a corrupção. Tudo isso deve ser realizado durante o tempo da graça. É agora que essa obra deve ocorrer em nós. TS1 182 2 Abraçamos a verdade de Deus com nossas faculdades diversas, e ao chegarmos sob a influência dessa verdade, ela realizará por nós a obra necessária a fim de dar-nos aptidão moral para o reino da glória, e para a sociedade dos anjos celestes. Achamo-nos agora na oficina de Deus. Muitos de nós somos pedras rústicas da pedreira. Ao apoderar-nos, porém, da verdade de Deus, sua influência nos afeta. Eleva-nos, e tira de nós toda imperfeição e pecado, seja de que natureza for. Assim estamos preparados para ver o Rei em Sua beleza, e unir-nos afinal com os puros anjos celestes no reino da glória. É aqui que esta obra tem de ser efetuada por nós; aqui que nosso corpo e espírito devem ser habilitados para a imortalidade. TS1 182 3 Achamo-nos em um mundo avesso à justiça, à pureza de caráter, e ao crescimento na graça. Para onde quer que olhemos, vemos corrupção e contaminação, deformidade e pecado. TS1 183 1 E qual é a obra que devemos empreender aqui antes de receber a imortalidade? É conservar nosso corpo santo, puro o nosso espírito, para que permaneçamos incontaminados entre as corrupções tão comuns ao nosso redor nestes últimos dias. E se esta obra se há de realizar, precisamos nela empenhar-nos imediatamente, com coração e entendimento. Aí não deve entrar o egoísmo para nos influenciar. O Espírito de Deus deve ter sobre nós perfeito domínio, influenciando-nos em todas as nossas ações. Se nos apegarmos devidamente ao Céu, ao poder do alto, experimentaremos a santificadora influência do Espírito de Deus em nosso coração. Causar sofrimento aos outros TS1 183 2 Ao procurarmos apresentar a reforma de saúde a nossos irmãos e irmãs, e lhes falarmos da importância de comerem e beberem, e fazerem tudo o que fizerem para a glória de Deus, muitos têm dito por suas ações: "Não é da conta de ninguém se comemos isto ou aquilo. Seja o que for que fizermos, nós mesmos é que temos de suportar as conseqüências." TS1 183 3 Prezados amigos, estais grandemente enganados. Não sois vós os únicos a sofrer por causa de vossa errônea maneira de viver. A sociedade em que estais, sofre em alto grau as conseqüências de vossos erros, da mesma maneira que vós. Se sofreis por causa de vossa intemperança no comer e beber, nós que nos achamos ao redor de vós ou a vós associados, também somos afetados por vossas enfermidades. Temos de sofrer por causa da maneira errônea em que viveis. Se isso tem o efeito de prejudicar-vos as faculdades mentais ou físicas, nós sentimos isto quando em convívio convosco, e somos assim afetados. Se, em vez de ter um espírito bem disposto, estais sombrios, lançais uma nuvem sobre o espírito de todos os que vos rodeiam. Se estamos tristes e deprimidos, e perturbados, poderíeis, caso vos encontrásseis na devida condição de saúde, ter um cérebro claro para nos mostrar uma porta de escape, e dirigir-nos uma palavra de conforto. Mas se vosso cérebro está tão entorpecido pela errônea maneira de viver que seguis, que não vos é possível dar-nos o justo conselho, não sofremos nós prejuízo? Não nos afeta seriamente a influência que exerceis? Talvez tenhamos certo grau de confiança em nosso próprio juízo, todavia queremos ter conselheiros; pois "na multidão de conselheiros há segurança". Provérbios 11:14. Desejamos que nosso procedimento pareça coerente àqueles a quem amamos, e desejamos buscar-lhes o conselho e que eles estejam aptos a no-lo dar com um cérebro esclarecido. Mas que nos importa vosso juízo, se a capacidade de vosso cérebro foi sobrecarregada ao máximo, e a vitalidade retirada do mesmo para atender às comidas impróprias introduzidas em vosso estômago ou à enorme quantidade de alimento, mesmo que seja saudável? Que nos importa o juízo de tais pessoas? Elas vêem através de uma massa de alimento não digerido. Portanto, vossa maneira de viver nos afeta. Impossível vos é seguir qualquer orientação errônea, sem causar sofrimento a outros. Correr a carreira celeste TS1 184 1 "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado." 1 Coríntios 9:24-27. Aqueles que se empenhavam na carreira para obter um prêmio que era considerado honra especial, eram temperantes em todas as coisas, de modo que os músculos, o cérebro e todo o seu corpo se achassem nas melhores condições para correr. Caso não fossem temperantes em todas as coisas, não teriam aquela elasticidade que desfrutavam. Temperantes, poderiam realizar aquela corrida com mais êxito; e seguros de obter a coroa. TS1 184 2 Mas não obstante toda a sua temperança -- todos os seus esforços para se submeterem a um cuidadoso regime de modo a estar nas melhores condições -- os que corriam a carreira terrestre corriam simplesmente ao acaso. Poderiam fazer o melhor que lhes fosse possível e, afinal de contas, não receber o penhor da honra; pois outro poderia estar um pouquinho adiante deles e alcançar o prêmio. Um apenas recebia a recompensa. Na carreira celeste, porém, podemos correr todos, e todos receberemos o prêmio. Não há incerteza nem risco a esse respeito. Cumpre revestir-nos das graças celestes e, com olhos voltados para a coroa da imortalidade, manter o Modelo sempre diante de nós. Ele foi "um homem de dores, experimentado nos trabalhos". Isaías 53:3. A vida humilde, abnegada de nosso divino Senhor, devemos conservar sempre em vista. E então, ao buscarmos imitá-Lo, olhos fitos na recompensa, podemos correr com segurança essa carreira, sabendo que, se fizermos o melhor ao nosso alcance, certamente conseguiremos o prêmio. TS1 185 1 Os homens se submetiam à abnegação e à disciplina a fim de correr e obter uma coroa corruptível, daquelas que num dia perecem, e que era apenas um sinal de honra da parte dos mortais aqui. Nós, porém, temos de correr a corrida, no fim da qual se acha uma coroa de imortalidade e vida eterna. Sim, "um peso eterno de glória mui excelente" (2 Coríntios 4:17), ser-nos-á dado como prêmio quando o fim da carreira chegar. "Nós", diz o apóstolo, "uma [coroa] incorruptível." 1 Coríntios 9:25. E se aqueles que se empenham nesta carreira aqui na Terra por uma coroa temporal, podiam ser temperantes em tudo, não o podemos nós, que temos em vista uma coroa incorruptível, um eterno peso de glória e vida que se compara à de Deus? Tendo diante de nós tão grande incentivo, não podemos correr "com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé"? Hebreus 12:1, 2. Ele indicou-nos o caminho, e assinalou-o em toda a sua extensão com as próprias pegadas. É o caminho por onde andou e, com Ele, podemos experimentar a abnegação e o sofrimento, e trilhar esse caminho marcado com o próprio sangue. TS1 186 1 "Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão." 1 Coríntios 9:26, 27. Há aí uma obra a ser feita por todo homem, mulher e criança. Satanás está continuamente buscando adquirir controle sobre vosso corpo e espírito. Cristo, porém, vos comprou, e sois propriedade Sua. E agora cabe-vos trabalhar em união com Ele, em união com os santos anjos que vos servem. Cabe-vos manter o corpo subjugado, e reduzi-lo à servidão. A menos que isto façais, perdereis por certo a vida eterna e a coroa da imortalidade. E ainda alguns dirão: "Que importa a alguém o que eu como ou bebo?" Mostrei-vos a relação que há entre vosso modo de viver e os outros. Vistes que isso tem muito que ver com a influência que exerceis em vossa família. Muito que ver com a modelagem do caráter de vossos filhos. Responsabilidade paterna TS1 186 2 Como eu disse antes, vivemos em uma época de corrupção. É um tempo em que Satanás parece ter quase inteiro domínio sobre as mentes não totalmente consagradas a Deus. Há, portanto, mui grande responsabilidade sobre os pais e pessoas que têm a seu cargo a educação de crianças. Os pais assumiram a responsabilidade de dar à existência essas crianças; e agora, qual é seu dever? É deixá-las crescer como lhes for possível, e segundo a vontade delas? Permiti dizer-vos: pesada é a responsabilidade que repousa sobre esses pais. "Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." 1 Coríntios 10:31. Assim fazeis ao preparar o alimento para a mesa, e chamar a família a dele partilhar? Colocais diante de vossos filhos apenas o que sabeis que vai produzir o melhor sangue? É a espécie de alimento que lhes manterá o organismo na condição menos febril possível? É aquele que os colocará na melhor relação para com a vida e a saúde? É esta a comida que estais pensando em colocar diante de vossos filhos? Ou, sem consideração para com seu futuro bem, vós lhes forneceis alimentação nociva, estimulante, própria a causar irritação? TS1 187 1 Deixai-me dizer-vos que as crianças nascem propensas ao pecado. Satanás parece ter domínio sobre elas. Toma-lhes posse da mente juvenil, e elas se corrompem. Por que procedem os pais e mães como se estivessem possuídos de insensibilidade? Eles não desconfiam de que Satanás esteja semeando ruins sementes em sua família. Acham-se tão cegos, descuidosos e negligentes com relação a essas coisas, quanto é possível estar. Por que não despertam, e não lêem e estudam sobre esses assuntos? Diz o apóstolo: "Acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência. E à ciência temperança, e à temperança paciência", etc. 2 Pedro 1:5, 6. Aí está uma obra que cabe a todos os que professam seguir a Cristo; é viver segundo o plano de adição. ... Comer em excesso TS1 187 2 Muitos dos que adotaram a reforma pró-saúde, deixaram tudo quanto era nocivo; segue-se, porém, que pelo fato de deixarem essas coisas, podem comer tanto quanto lhes apetecer? Sentam-se à mesa e, em vez de considerar quanto lhes convém ingerir, entregam-se ao apetite e comem excessivamente, e o estômago tem quanto lhe é possível processar, ou o que deve processar, para o resto do dia, afadigando-se com o fardo que lhe é imposto. Toda a comida posta no estômago, da qual o organismo não pode tirar proveito, é uma carga para a natureza em seu trabalho. Atrapalha os órgãos. O organismo fica obstruído, e não pode com êxito levar avante sua obra. Os órgãos vitais ficam desnecessariamente sobrecarregados, e a energia nervosa do cérebro é chamada ao estômago para ajudar os órgãos digestivos no trabalho de dispor de uma quantidade de comida que não faz nenhum bem ao organismo. TS1 187 3 Assim o vigor do cérebro é diminuído com o sacar tão fortemente dele em favor do estômago com sua pesada carga. E depois de ele concluir a tarefa, quais são as sensações experimentadas em resultado desse desnecessário dispêndio de energia vital? Uma sensação de fraqueza, como se devêsseis comer mais. Talvez essa sensação sobrevenha justamente antes da hora da refeição. Qual a causa disso? A natureza afadigou-se com seu trabalho, e acha-se tão exausta em conseqüência disto, que experimentais essa sensação de fraqueza. E julgais que o estômago diz: "Mais comida", quando, em sua fraqueza, ele está dizendo distintamente: "Dai-me repouso." TS1 188 1 O estômago necessita de descanso para refazer as exaustas energias para outro trabalho. Mas em vez de lhe conceder qualquer período de sossego, pensais que ele precisa de mais comida, e amontoais outra carga sobre a natureza, negando-lhe o necessário descanso. É como um homem que trabalha no campo durante todo o período da manhã, até estar cansado. Ele entra ao meio-dia, e diz que está cansado e exausto; mas dizeis-lhe que vá trabalhar novamente, que achará descanso. É assim que tratais vosso estômago. Ele se acha totalmente cansado. Em vez, porém, de dar-lhe repouso, dais-lhe mais comida, e depois chamais a vitalidade de outras partes do organismo para o ajudar no trabalho da digestão. ... A primeira obra da mãe TS1 188 2 Tenho visto mães de grandes famílias, que não podiam ver a obra que lhes ficava exatamente no caminho, diante delas, na própria família. Queriam ser missionárias, e fazer alguma grande obra. Estavam buscando para si alguma alta posição, mas negligenciando cuidar da própria obra que o Senhor lhes dera a fazer, no lar. Quão importante é que o cérebro esteja claro! Quão importante que o corpo se ache, quanto possível, livre de doenças, a fim de podermos realizar a obra que o Céu nos confiou, e efetuá-la de tal modo que o Mestre possa dizer: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Minhas irmãs, não desprezeis as poucas coisas que o Senhor vos deixou para fazer. Fazei com que as ações de cada dia sejam tais que, no dia do final ajuste de contas, não vos envergonheis de enfrentar o registro feito pelo anjo relator. Regime inadequado TS1 189 1 Mas que dizer quanto a um regime insuficiente? Tenho falado da importância de que a quantidade e a qualidade do alimento estejam em total acordo com as leis da saúde. Não recomendamos, todavia, um regime alimentar deficiente. Foi-me mostrado que muitos têm uma idéia errônea da reforma de saúde, e adotam uma alimentação demasiadamente pobre. Vivem com uma qualidade de alimento barato e fraco, preparado sem cuidado ou sem atenção para com a nutrição do organismo. É importante que o alimento seja preparado com cuidado, para que o apetite, quando não pervertido, possa saboreá-lo. Pelo fato de, por princípio, rejeitarmos carne, manteiga, tortas de carne, especiarias, banha de porco e tudo que irrita o estômago e destrói a saúde, não se deve dar nunca a idéia de que não tem muita importância o que comemos. TS1 189 2 Alguns há que vão a extremos. Precisam comer determinada quantidade, e apenas tal qualidade, e se limitam a duas ou três coisas. Não permitem que sejam postas diante deles e sua família senão poucas coisas para comer. Comendo pequena quantidade de alimento e este não da melhor qualidade, não põem no estômago o que é próprio para nutrir o organismo. Alimento inadequado não pode ser convertido em bom sangue. Um regime empobrecido, empobrecerá o sangue. ... TS1 189 3 Alguns não podem ser impressionados com a necessidade de comer e beber para a glória de Deus. A condescendência com o apetite afeta-os em todas as relações da vida. Mostra-se na família, na igreja, na reunião de oração e na conduta dos filhos. Tem sido a maldição de sua vida. Não vos é possível fazê-lo compreender as verdades para estes últimos dias. Deus fez abundantes provisões para o sustento e a felicidade de todas as Suas criaturas; e caso Suas leis jamais fossem violadas, e todos agissem em harmonia com a vontade divina, experimentar-se-iam saúde, paz e felicidade em lugar de miséria e contínuo mal. ... Carne, leite e açúcar TS1 190 1 Os alimentos cárneos prejudicam o sangue. Cozinhai carne com condimentos, comei-a com requintados bolos e tortas e tereis má qualidade de sangue. O organismo é demasiadamente sobrecarregado ao tentar assimilar tal espécie de alimento. As tortas de carne e os picles, que jamais deveriam encontrar lugar em qualquer estômago humano, proporcionarão mísera qualidade de sangue. E um alimento de qualidade pobre, preparado de maneira imprópria e insuficiente na quantidade, não pode formar sangue bom. Alimentos cárneos e comidas muito aprimoradas, bem como um regime pobre, produzirão os mesmos resultados. TS1 190 2 Agora, quanto ao leite e açúcar: Sei de pessoas que ficaram assustadas com a reforma de saúde, e disseram que não queriam ter nada a ver com ela, por condenar o abundante uso dessas coisas. As mudanças devem ser feitas com grande cuidado; e devemos proceder cautelosa e sabiamente. Devemos seguir uma orientação que se recomende por si mesma aos homens e mulheres inteligentes da Terra. Grandes quantidades de leite e açúcar ingeridos juntos são prejudiciais. Comunicam impurezas ao organismo. Os animais dos quais se obtém o leite, nem sempre são sadios. Podem estar doentes. Uma vaca pode estar aparentemente boa de manhã, e morrer antes da noite. Então, ela já estava enferma pela manhã, e seu leite estava contaminado, e vós não o sabíeis. A criação animal está enferma. As carnes estão contaminadas. Pudéssemos nós saber que os animais estavam em perfeita saúde, e eu recomendaria que o povo comesse carne de preferência a grandes quantidades de leite com açúcar. Ela não causaria o mal que leite com açúcar ocasiona. O açúcar obstrui o organismo. Entrava o trabalho dos órgãos. ... TS1 190 3 Sento-me com frequência à mesa de irmãos e irmãs, e vejo que eles usam grande quantidade de leite e açúcar. Isso obstrui o organismo, irrita os órgãos digestivos, e afeta o cérebro. Tudo quanto embaraça o ativo funcionamento do maquinismo vivo, afeta muito diretamente o cérebro. E segundo a luz que me foi dada, o açúcar, quando usado abundantemente, é mais prejudicial que a carne. Essas mudanças devem ser feitas com prudência, e o assunto deve ser tratado de tal maneira a não desgostar nem suscitar preconceito por parte das pessoas a quem queremos ensinar e ajudar. Mães e filhas TS1 191 1 Muitas vezes nossas irmãs não sabem cozinhar. A essas, eu diria: Eu iria à melhor cozinheira da região, e ficaria, se necessário, semanas até que me tornasse senhora dessa arte -- uma cozinheira inteligente e capaz. Eu seguiria esse curso, caso tivesse quarenta anos. É dever vosso saber cozinhar, e cumpre-vos também o dever de ensinar vossas filhas a cozinhar. Enquanto lhes estais ensinando a arte culinária, estais construindo ao redor delas uma barreira que as protegerá da leviandade e do vício em que de outro modo seriam tentadas a cair. Eu prezo minha costureira, dou valor a minha secretária; mas, minha cozinheira, que sabe preparar bem o alimento para sustentar a vida e nutrir o cérebro, os ossos e músculos, ocupa o mais importante lugar entre os auxiliares em minha família. Religião e boa cozinha TS1 191 2 Podemos ter variedade de comida boa e saudável, preparada de modo salutar, para que seja apetecível a todos. E se vós, minhas irmãs, não sabeis cozinhar, aconselho-vos a aprender. É de vital importância aprenderdes a cozinhar. Há mais almas perdidas pela cozinha deficiente, do que sois capazes de imaginar. Ela produz doença, enfermidade e mau temperamento; o organismo fica perturbado, e as coisas celestiais não podem ser discernidas. Há mais religião em um pão bem feito, do que muitos de vós pensais. Há mais religião na boa cozinha do que fazeis idéia. Queremos que aprendais o que seja a boa religião, e a ponhais em prática em vossa família. Quando fora de casa, por vezes, tenho visto que o pão que estava na mesa, e a comida em geral, não me fariam bem; mas era obrigada a comer um pouco para sustentar a vida. É pecado aos olhos do Céu ter-se tal comida. Tenho sofrido por falta da comida apropriada. Para um estômago dispéptico, podeis pôr sobre a mesa frutas de diferentes espécies, mas não muitas em uma refeição. Assim podeis ter variedade, e será apetitoso, e depois de haverdes tomado a refeição, sentir-vos-eis bem. ... TS1 192 1 Alguns de vós parecem desejar que alguém lhes diga quanto devem comer. Não deveria ser assim. Cumpre-nos proceder por um ponto de vista moral e religioso. Devemos ser temperantes em tudo, pois uma coroa incorruptível, um tesouro celeste se acha diante de nós. E agora desejo dizer a meus irmãos e irmãs, que eu teria força moral para tomar uma atitude e governar a mim mesma. Não delegaria isto a outra pessoa. Comeis em excesso, e depois vos arrependeis, e ficais a pensar no que comestes e bebestes. Comei simplesmente o que mais convém, e ide adiante, sentindo-vos sem culpa diante do Céu, sem remorsos de consciência. Não cremos na completa remoção de tentações, seja de crianças, seja de adultos. Todos nós temos diante de nós uma luta, e cumpre-nos permanecer na atitude de resistir às tentações de Satanás; e precisamos saber que possuímos em nós mesmos poder para fazer isto. Um protesto contra os inexperientes TS1 192 2 E ao passo que vos advertimos a não comer em excesso, mesmo da melhor qualidade de comida, também advertimos aos que são extremistas a não erguerem uma falsa norma, e depois se esforçarem por levar todas as pessoas a segui-la. Alguns há que se estão iniciando como reformadores da saúde, os quais não estão habilitados a se empenharem em nenhum outro empreendimento, e não possuem bom senso suficiente para cuidar da própria família, ou manter o próprio lugar na igreja. E que fazem eles? Ora, eles se convertem em médicos da reforma de saúde, como se pudessem fazer disso um sucesso. Assumem as responsabilidades de sua prática, e tomam nas mãos a vida de homens e mulheres, quando na verdade nada sabem do assunto. TS1 193 1 Minha a voz se ergue contra isto, de pessoas não habilitadas tentarem tratar de doenças, professando fazê-lo segundo os princípios da reforma de saúde. Deus nos defenda de sermos os pacientes que lhes sirvam de campo de experiência! Somos muito poucos. Isto é uma batalha demasiado inglória para nela perecermos. Que Deus nos livre de tal perigo! Não precisamos de tais mestres e médicos. Procurem tratar de doenças os que conhecem alguma coisa do organismo humano. O Médico celeste era cheio de compaixão. Deste espírito necessitam os que tratam dos doentes. Alguns que empreendem tornar-se médicos, são fanáticos, egoístas, obstinados como jumentos. Não lhes podeis ensinar qualquer coisa. Talvez nunca tenham feito qualquer coisa digna de ser feita. Talvez não tenham tornado a vida um sucesso. Nada sabem realmente digno de saber-se, e todavia começaram a praticar a reforma de saúde. Não podemos permitir que tais pessoas matem este e aquele. Não; não o podemos permitir! TS1 193 2 Devemos sempre ser perfeitamente corretos. Precisamos levar nosso povo à devida posição quanto à reforma de saúde. "Purifiquemo-nos", diz o apóstolo, "de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus." 2 Coríntios 7:1. Precisamos ser corretos a fim de subsistir nos últimos dias. Precisamos de cérebro claro e mente sã em corpo são. Devemos começar a trabalhar sinceramente por nossos filhos, por todos membros de nossa família. Levaremos isso a sério e trabalharemos segundo o verdadeiro ponto de vista? Jesus vem; e se seguimos uma direção de molde e cegar-nos para as verdades destes últimos dias que elevam a mente, como podemos ser santificados por meio da verdade? Como podemos ser preparados para a imortalidade? Que o Senhor nos ajude, a fim de começarmos a trabalhar aqui como nunca antes. ------------------------Capítulo 36 -- Alimentos cárneos e estimulantes TS1 194 1 Prezados irmão e irmã H: Recordei vossas fisionomias como se achando entre várias que tenho visto, e que necessitam de uma obra em seu favor, antes de poderem ser santificados pela verdade. Abraçastes a verdade por reconhecer que era a verdade; ela, porém, ainda não tomou posse de vós. Não avaliastes sua santificadora influência na vida. Vossa vereda foi iluminada com relação à reforma de saúde, e ao dever que repousa sobre o povo de Deus, nestes últimos dias, de exercer temperança em tudo. Vi que vos encontráveis entre aqueles que ficariam para trás quanto a vos convencer, e a corrigir vossa maneira de comer, beber e trabalhar. À medida que a luz da verdade for aceita e seguida, operará inteira reforma na vida e no caráter de todos os que forem santificados por ela. ... TS1 194 2 A irmã H tem o sangue corrompido. Seu organismo está cheio de humores escrofulosos provenientes do alimento cárneo. O uso de carne de porco em sua família comunicou má qualidade de sangue. A irmã H precisa limitar-se estritamente a um regime de cereais, frutas e verduras cozidos sem carne ou gordura de qualquer espécie. Levará bastante tempo para um regime alimentar estritamente saudável pô-la em melhores condições de saúde, em que se possa relacionar devidamente com a vida. Impossível é aos que usam carne em abundância, ter um cérebro desanuviado, um ativo intelecto. TS1 194 3 Aconselhamo-vos a mudar vossos hábitos de vida; ao passo, porém, que isto fizerdes, advertimo-vos a fazê-lo sabiamente. Conheço famílias que mudaram do regime cárneo para um regime pobre. Seu alimento é tão deficientemente preparado, que o estômago não o aceita, e depois me disseram que a reforma de saúde não lhes vai bem; que estavam enfraquecendo. Aí está uma razão por que alguns não foram bem-sucedidos em seus esforços para simplificar a comida. Usam um regime sem nutrição. A comida é preparada sem capricho, e comem continuamente a mesma coisa. Não deve haver muitas espécies na mesma refeição, mas todas as refeições não devem constar dos mesmos pratos, sem variação. A comida deve ser preparada com simplicidade, todavia com tal primor que desperte o apetite. Deveis evitar a gordura. Ela prejudica qualquer espécie de prato que preparais. Comei abundância de frutas e verduras. Aumento da possibilidade de doenças TS1 195 1 Depois de reduzir sua resistência física pela quantidade reduzida e pela pobre qualidade do alimento, alguns concluem que sua antiga maneira de viver era melhor. O organismo precisa ser nutrido. Não obstante, não hesitamos em dizer que o alimento cárneo não é necessário para a saúde e vigor. Se é usado, é porque o apetite pervertido o cobiça. Seu uso estimula as propensões animais, aumentando-lhes a atividade, e fortalece as paixões sensuais. Quando as propensões animais aumentam, decrescem as energias intelectuais e morais. O uso da carne de animais tende a produzir desajeitada corpulência, ao mesmo tempo que embota as finas sensibilidades da mente. TS1 195 2 Há de o povo que está se preparando para tornar-se santo, puro e enobrecido, a fim de poder ser introduzido na sociedade dos anjos celestes, continuar a tirar a vida das criaturas de Deus e viver de sua carne, deliciando-se com ela como uma iguaria? Do que o Senhor me tem mostrado, esta ordem de coisas se há de mudar, e o povo peculiar de Deus exercerá temperança em tudo. Os que vivem em grande parte de carne, não podem evitar de comer a carne de animais doentes, em maior ou menor grau. O processo de preparar animais para o consumo produz neles moléstias e, mesmo que sejam alimentados da maneira mais saudável, se irritam e adoecem pela caminhada antes de chegarem ao mercado. Os fluidos e a carne desses animais enfermos são recebidos diretamente no sangue, passando à circulação do corpo humano, tornando-se fluidos e carne do mesmo. Assim se introduzem humores no organismo. E se a pessoa já tem um sangue impuro, isto é grandemente agravado pelo ingerir a carne desses animais. A possibilidade de adquirir moléstias é dez vezes aumentada pelo uso da carne. As faculdades intelectuais, morais e físicas são prejudicadas pelo uso habitual de alimentos cárneos. Esse uso desarranja o organismo, obscurece o intelecto e embota as sensibilidades morais. Dizemo-vos, prezado irmão e irmã: o caminho mais seguro para vós, é deixar de lado a carne. Chá e café TS1 196 1 O uso de chá e café também é prejudicial ao organismo. O chá, até certo ponto, produz intoxicação. Entra na circulação, e desequilibra gradualmente a energia do corpo e da mente. Estimula, provoca e aviva o movimento do organismo forçando-o a uma ação fora do natural, dando assim ao que o ingere a impressão de que lhe está prestando grande serviço, comunicando-lhe força. É engano. O chá atua sobre as energias nervosas deixando-as grandemente debilitadas. Ao desaparecer sua influência e o aumento de ação ocasionado por ele diminuir, qual é então o resultado? Debilidade e fraqueza proporcionais à vivacidade artificial comunicada pelo chá. Quando o organismo já se encontra sobrecarregado e precisando de repouso, o uso do chá incita a natureza pelo estímulo a realizar uma ação indesejada e antinatural, diminuindo-lhe por esse modo a capacidade de trabalho e de resistência; e suas faculdades se esgotam muito antes do tempo designado pelo Céu. O chá é venenoso para o organismo. Os cristãos devem deixá-lo em paz. A influência do café é, até certo ponto, a mesma do chá, mas o efeito sobre o organismo é ainda pior. Sua influência é estimulante, e justo na medida em que ele eleva acima do normal, também deprime na mesma proporção. Os bebedores de chá e de café, apresentam no rosto os seus vestígios. A pele torna-se pálida, tomando um aspecto sem vida. Não se lhes vê no semblante o brilho da saúde. TS1 197 1 O chá e o café não nutrem o organismo. O alívio deles obtido é súbito, antes de o estômago ter tempo de os digerir. Isso indica que os estimulantes considerados pelos usuários como energia, são recebidos unicamente mediante estímulo dos nervos estomacais, que transmitem a irritação ao cérebro, o qual é por sua vez despertado para comunicar acrescida atividade ao coração e passageira energia a todo o organismo. Tudo isso é falso vigor, que nos deixa pior. Eles não comunicam uma partícula sequer de energia natural. TS1 197 2 Outro efeito de tomar chá é dor de cabeça, insônia, palpitação do coração, indigestão, tremor dos nervos e muitos outros males. ... TS1 197 3 Necessitais de mente clara, enérgica a fim de apreciar o exaltado caráter da verdade, apreciar a expiação, e dar a devida estimativa às coisas eternas. Se seguis uma errônea direção, e condescendeis com errados hábitos no regime alimentar, enfraquecendo assim as energias mentais, não dareis à salvação e à vida eterna aquele alto preço que vos inspirará a pôr a vida em conformidade com a vida de Cristo; não fareis, para obter inteira conformidade com a vontade de Deus, aqueles diligentes, abnegados esforços que são requeridos por Sua Palavra, e necessários para dar-vos o preparo moral para o último toque da imortalidade. ------------------------Capítulo 37 -- Consciência violada TS1 198 1 Prezado irmão N.: Sinto-me compelida por um senso de dever a dirigir-lhe algumas linhas. Foram-me mostradas em relação com o seu caso algumas coisas que não ouso reter. Vi que Satanás se aproveitou do irmão devido a sua esposa não ter abraçado a verdade. O irmão foi lançado no convívio de uma mulher corrupta; mulher cujos passos se dirigem para o inferno. Ela professava grande simpatia pelo irmão devido à oposição que sofria de sua esposa. Como a serpente no Éden, tornava suas maneiras fascinantes. Deu-lhe a impressão de que o irmão era um homem maltratado; de que sua esposa não lhe apreciava os sentimentos nem correspondia a suas afeições; que fora cometido um erro em seu matrimônio; até que o irmão imaginou que os votos matrimoniais de fidelidade por toda a vida àquela a quem tomara como esposa eram uma mortificante cadeia. O irmão volveu-se para esse aparente anjo na linguagem, em busca de simpatia. Derramou-lhe aos ouvidos aquilo que só devia ter sido confiado a sua esposa, a quem prometera amar, honrar e proteger enquanto ambos vivessem. Esqueceu-se de vigiar e orar sempre, para não cair em tentação. Sua alma foi manchada por um crime. Marcou o registro de sua vida no Céu com um terrível borrão. Todavia serão aceitáveis diante de Deus profunda humilhação e arrependimento para com Ele. O sangue de Cristo pode lavar estes pecados. TS1 198 2 O irmão caiu, caiu horrivelmente. Satanás o seduziu a cair-lhe na rede, deixando-o depois desemaranhar-se o melhor que pudesse. O irmão tem estado afligido e perplexo, e terrivelmente tentado. Perturba-o uma consciência culpada. Desconfia de si mesmo, e imagina que todos os outros também desconfiam. Suspeita de si mesmo, e imagina que em todos os outros corações existe para consigo a mesma suspeita. Não tem confiança em si mesmo, e imagina que seus irmãos também não a têm a seu respeito. Satanás apresenta freqüentemente o passado aos seus olhos, e diz que não adianta procurar viver a verdade, que o caminho é demasiado estreito para o irmão. O senhor foi vencido; agora, Satanás se aproveita de seu caminho pecaminoso para fazê-lo crer que já não há redenção para si. TS1 199 1 O irmão encontra-se no campo de batalha do inimigo, empenhado em renhido combate. A barreira que é lançada em torno do círculo de toda família, e a torna sagrada, o senhor a derribou. E agora Satanás o aflige quase de contínuo. O irmão não tem descanso. Não está em paz, e busca tornar seus irmãos responsáveis por seus contraditórios sentimentos, suas dúvidas e suspeitas; acha que eles estão em falta, que não lhe dão atenção. A dificuldade está dentro do senhor mesmo. Quer seguir seu próprio caminho, e não rasga o coração diante de Deus, lançando-se, quebrantado e contrito, pecador e poluído, sobre Sua misericórdia. Seus esforços para salvar-se, caso neles persista, darão em resultado uma ruína certa. TS1 199 2 Acabe com as suspeitas e críticas. Volva a atenção para seu próprio caso e, mediante humilde arrependimento, confiando unicamente no sangue de Cristo, salve sua alma. Faça uma obra cabal para a eternidade. Se o senhor se desviar da verdade, é um homem arruinado; arruinada, sua família. Uma vez derribadas as fortificações que mantêm sagradas a privacidade e os privilégios da relação de família, difícil é reerguê-las; na força de Deus, porém, e em Sua força unicamente, isso pode ser realizado. A verdade, a sagrada verdade, é sua âncora, a qual o salvará de flutuar corrente abaixo para o crime e a destruição. TS1 199 3 A consciência uma vez violada fica grandemente enfraquecida. É necessária a influência da contínua vigilância e incessante oração. Você se encontra em um lugar escorregadio. Necessita de toda a força que a verdade lhe possa dar para fortificá-lo, e salvá-lo do completo naufrágio. Acham-se diante do irmão a vida e a morte; qual escolherá? Houvesse o irmão visto a necessidade de estar firmemente estabelecido sobre princípios, não sendo movido por impulsos, e não ficando facilmente desanimado, mas preparado para suportar as dificuldades, e não teria sido vencido da maneira como o foi. O irmão agiu por impulso. Não estava disposto, à semelhança de nosso impecável Modelo, a sofrer a contradição dos pecadores contra si mesmo. Somos exortados a lembrar-nos daquele que suportou isto, para que não nos cansemos e desfaleçamos em nosso espírito. O irmão foi fraco como uma criança, sem poder de resistência. Não sentiu a necessidade de estar estabelecido, fortalecido, firmado, arraigado e edificado na fé. Felicidade ou infortúnio TS1 200 1 O irmão tem achado ser seu dever ensinar a verdade aos outros, em lugar de aprendê-la por sua vez. Mas deve estar disposto a ser um discípulo, a receber a verdade de outros, e deve acabar com suas desconfianças, críticas, queixas, e, com mansidão, receber a enxertada palavra que é capaz de lhe salvar a alma. É você quem decide ser feliz ou infeliz. Cedeu uma vez à tentação, e não pode agora confiar na própria força. Satanás tem grande poder sobre sua mente, e o irmão não terá coisa alguma que o guarde, uma vez que se aparte da refreadora influência da verdade. Esta lhe tem sido uma salvaguarda para o refrear do crime e da iniqüidade. Sua única esperança é buscar inteira conversão, e redimir o passado por uma vida bem ordenada e piedoso comportamento. TS1 200 2 O irmão tem sido movido por impulsos que agradam ao seu temperamento. Sua única esperança agora é arrepender-se sinceramente das passadas transgressões da lei de Deus, e purificar sua alma pela obediência da verdade. Cultive pureza de pensamentos e de vida. A graça de Deus será sua força para refrear as paixões e reprimir os apetites. Fervorosa oração, velando nisto, fará com que o Espírito Santo lhe venha em auxílio, para aperfeiçoar a obra, e torná-lo semelhante a seu impecável Modelo. TS1 201 1 Caso prefira rejeitar a sagrada e repressora influência da verdade, Satanás o levará cativo à sua vontade. Estará em risco de dar lugar a seus apetites e paixões, dando rédea solta às concupiscências, a maus e abomináveis desejos. Em lugar de apresentar no semblante calma serenidade sob as provas e aflições, como o fiel Enoque, tendo a face iluminada pela esperança e aquela paz que excede o entendimento, terá nela estampados os pensamentos carnais, os concupiscentes desejos. O irmão apresentará a imagem do satânico em vez de a do divino. TS1 201 2 "Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo." 2 Pedro 1:4. O irmão tem agora o privilégio de, por meio de humilde confissão e sincero arrependimento, valer-se de palavras e voltar ao Senhor. Oséias 14:2. O precioso sangue de Cristo pode purificá-lo de toda impureza, tirar toda contaminação, e fazer o irmão perfeito nele. As misericórdias de Cristo ainda se encontram ao seu alcance, caso as aceite. Para o bem de sua ofendida esposa, e de seus filhos, fruto de seu próprio ser, deixe de fazer o mal, e aprenda a fazer o bem. Aquilo que o senhor semear, isto também há de ceifar. Se semear na carne, da carne ceifará a corrupção. Se semear no Espírito, dele também ceifará a vida eterna. TS1 201 3 O irmão deve vencer sua sensibilidade e espírito de crítica. Desconfia de que os outros não lhe dão toda a atenção que julga dever receber. O irmão não se deve apegar à experiência que se baseia no sentimento, e que cheira a fanatismo. Ela não é segura. Proceda movido por princípios, por uma plena compreensão. Busque as Escrituras, e esteja disposto a dar a todo homem que lhe pedir, as razões da esperança que tem, com mansidão e temor. Faça morrer a exaltação do próprio eu, "alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai: converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza." Tiago 4:8, 9. Quando assaltado pelas tentações e maus pensamentos, não há senão Um a quem o irmão pode recorrer em busca de alívio e socorro. Fuja para Ele em sua fraqueza. Quando ao Seu lado, partindo-se as setas de Satanás, elas não lhe podem fazer mal. Suportadas em Deus, suas provas e tentações hão de purificar e humilhar, mas não o destruirão nem o comprometerão. ------------------------Capítulo 38 -- Separação do mundo TS1 203 1 É-nos ordenado que, quer comamos quer bebamos, ou façamos outra qualquer coisa, façamo-lo para glória de Deus. Quantos têm sido conscienciosamente movidos por princípios e não por impulso, e obedecido literalmente a este mandamento? Quantos dos jovens discípulos em _____ têm feito de Deus Sua confiança e Sua porção, buscando diligentemente conhecer e fazer Sua vontade? Muitos há que são servos de Cristo em nome, mas não em verdade. TS1 203 2 Onde os princípios religiosos governam, pequeno é o risco de se cometerem grandes erros; pois o egoísmo, que sempre cega e engana, fica subordinado. O sincero desejo de fazer bem aos outros predomina, de maneira que o próprio eu é esquecido. A posse de firmes princípios religiosos é um inestimável tesouro. É a mais pura, mais elevada e nobre influência que os mortais possam possuir. Os que a possuem têm uma âncora. Todo ato é bem considerado, não seja seu efeito prejudicial a outro, e o desvie de Cristo. A contínua indagação do espírito, é: Senhor, como Te servirei melhor, e glorificarei Teu nome na Terra? Como dirigirei minha vida para fazer de Teu nome na Terra um louvor, e induzir outros a Te amarem, servirem e honrarem? Permite tão-somente que eu deseje e escolha a Tua vontade. Que as palavras e exemplo de meu Redentor sejam a luz e a força de meu coração. Enquanto O sigo e confio nele, não me deixará perecer. Ele será minha coroa de regozijo. TS1 203 3 Se confundirmos a sabedoria do homem com a de Deus, somos transviados pela loucura da sabedoria humana. Aí está o grande perigo de muitos em _____. Não possuem experiência por si mesmos. Não têm formado o hábito de considerar por si mesmos, com oração, e julgar sem preconceito, questões e assuntos novos podem sempre surgir. Esperam para ver o que os outros pensam. Se estes discordam, é quanto basta para fazê-los convencer-se de que o assunto em consideração não é de nenhum valor. Conquanto seja grande essa classe, isto não altera o fato de eles serem inexperientes e fracos mentalmente em consequência de cederem longamente ao inimigo, e serão sempre tão débeis como criancinhas, andando segundo a luz dos outros, vivendo de sua experiência religiosa, sentindo como os outros sentem e agindo como os outros agem. Procedem como se não tivessem individualidade. Sua identidade é absorvida em outras; são meras sombras daqueles que eles julgam andarem mais ou menos direito. TS1 204 1 A menos que estes se apercebam de seu caráter vacilante, e o corrijam, perderão todos a vida eterna; serão incapazes de resistir aos perigos dos últimos dias. Não têm fibra para resistir ao diabo; pois não sabem que é ele. É preciso que esteja alguém ao seu lado para adverti-los se é um inimigo ou um amigo que se aproxima. Não são espirituais, portanto não discernem as coisas espirituais. Não são sábios nas coisas que se relacionam com o reino de Deus. Nem jovem nem velho é escusável em confiar a outro o ter por ele uma experiência religiosa. Disse o anjo: "Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço." Jeremias 17:5. É necessário na vida e na luta cristãs, uma nobre confiança em si mesmo. Pedir com fé TS1 204 2 Homens, mulheres e jovens, Deus requer que possuais valor moral, firmeza de propósito, fortaleza e perseverança, mentes que não podem aceitar as afirmações de outros, mas que pesquisam por si mesmas antes de receber ou rejeitar, que estudam e pesam as provas, e levam-nas ao Senhor em oração. "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Agora, a condição: "Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa." Tiago 1:5-7. Esta petição de sabedoria não deve ser uma oração sem sentido, que desaparece da mente apenas concluída. É uma prece que exprime o forte, sincero desejo do coração, partido da consciência de falta de sabedoria para determinar a vontade de Deus. TS1 205 1 Uma vez feita a oração, caso a resposta não venha imediatamente, não vos canseis de esperar, nem fiqueis instáveis. Não vacileis. Apegai-vos à promessa: "Fiel é O que vos chama, o qual também o fará." 1 Tessalonicenses 5:24. Qual a viúva importuna, insisti em vosso caso, ficando firme em vosso desígnio. É o objeto de grande importância e conseqüência para vós? Certamente o é. Então, não vacileis; pois talvez vossa fé seja provada. Se o que desejais é de valor, merece um vigoroso e diligente esforço. Tendes a promessa; vigiai e orai. Sede firmes, e a oração será atendida; pois não foi Deus que o prometeu? Se vos custa alguma coisa o alcançá-la, haveis de prezá-la mais, uma vez obtida. É-vos dito positivamente que se duvidardes, não precisais pensar em receber qualquer coisa do Senhor. Uma advertência é aí dada para não se cansar, mas firmemente descansar na promessa. Se pedis, Ele vos dará liberalmente, e o não lança em rosto. TS1 205 2 Aí está onde muitos cometem um erro. Vacilam em seu desígnio, e sua fé desfalece. Eis a razão por que não recebem nada do Senhor, nossa fonte de força. Ninguém precisa de andar em trevas, tropeçando pelo caminho como um cego; pois o Senhor tem providenciado luz, caso eles a aceitem segundo a maneira por Ele designada, não procurando seu próprio caminho. Ele exige de todos diligente cumprimento dos deveres de cada dia. Isto é especialmente exigido de todos os que se acham empenhados na solene, importante obra no escritório de publicações, tanto daqueles sobre quem repousam as mais pesadas responsabilidades da obra, como dos que têm as menores. Isto se pode fazer olhando a Deus em busca de capacidade para habilitar a cumprir fielmente o que é direito aos olhos do Céu, fazendo todas as coisas como quem é regido por motivos abnegados, como se os olhos de Deus fossem visíveis a todos, a todos olhando, e investigando os atos de todos. A mancha do egoísmo TS1 206 1 O pecado com que mais se condescende, e que nos separa de Deus e produz tantas contagiosas perturbações espirituais, é o egoísmo. Não pode haver retribuição ao Senhor, a não ser por meio da abnegação. Não podemos fazer coisa alguma de nós mesmos, mas mediante a força que Deus nos comunica, podemos viver para fazer bem aos outros, esquivando-nos assim ao mal do egoísmo. Não necessitamos de ir para terras pagãs para manifestar nosso desejo de consagrar a Deus tudo, em uma vida útil, abnegada. Devemos fazer isto no círculo familiar, na igreja, entre aqueles com quem convivemos, e com quem temos negócios. Justamente nas ocupações comuns da vida, é que nos cumpre negar-nos a nós mesmos e manter o eu em sujeição. Paulo podia dizer: "Cada dia morro." 1 Coríntios 15:31. É o morrer diário para o próprio eu nos pequeninos tratos da vida, que nos torna vencedores. Devemos esquecer o próprio eu no desejo de fazer bem aos outros. Há por parte de muitos decidida falta de amor para com os outros. Em vez de cumprirem fielmente seu dever, buscam de preferência o próprio prazer. TS1 206 2 Deus prescreve positivamente a todos os Seus seguidores o dever de beneficiar os outros com sua influência e seus meios, e buscarem dele aquela sabedoria que os habilite a fazerem tudo ao seu alcance para elevarem os pensamentos e afeições dos que lhes chegam ao alcance da influência. No fazer bem aos outros, experimentarão uma doce satisfação, uma paz interior que lhes será suficiente recompensa. Quando impelidos por elevado e nobre desejo de fazer o bem aos outros, encontrarão verdadeira felicidade num fiel desempenho dos múltiplos deveres da vida. Isso trará mais que uma recompensa terrestre; pois todo cumprimento fiel, abnegado do dever, é notado pelos anjos e se destaca no registro da vida. No Céu, ninguém pensará em si mesmo, nem buscará o próprio prazer; mas todos, movidos por puro e genuíno amor, buscarão a felicidade dos seres celestes que os rodeiam. Caso desejemos fruir a sociedade celeste na Terra renovada, precisamos ser aqui regidos por princípios celestes. TS1 207 1 Todo ato de nossa vida afeta a outros para bem ou para mal. Nossa influência tende para elevar ou para rebaixar; ela é experimentada, posta em prática e, em maior ou menor escala, reproduzida por outros. Caso por nosso bom exemplo ajudemos outros no desenvolvimento de bons princípios, damos-lhes poder para fazer o bem. Por sua vez, eles exercem a mesma influência benéfica sobre outros, e assim centenas e milhares são afetados por nossa inconsciente influência. Se, por nossos atos, fortalecemos ou impelimos à atividade as faculdades más dos que nos rodeiam, partilhamos de seu pecado, e teremos de dar contas pelo bem que lhes poderíamos ter feito e não fizemos, porque não tornamos Deus a nossa força, nosso guia e conselheiro. ------------------------Capítulo 39 -- O verdadeiro amor TS1 208 1 O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente. Deus nos experimenta e prova pelas ocorrências comuns da vida. São as pequenas coisas que revelam os capítulos do coração. São as pequenas atenções, os numerosos incidentes pequeninos e as simples cortesias da vida, que formam a soma da felicidade da existência; e é a negligência das palavras bondosas, animadoras e afetuosas, e das pequenas cortesias da vida que ajudam a formar o todo da infelicidade da existência. Verificar-se-á afinal que a negação do próprio eu pelo bem e felicidade dos que nos rodeiam constitui grande parte do registro da vida no Céu. E revelar-se-á também o fato de que, o cuidado do eu, sem consideração para com o bem e a felicidade de outros, não escapa à observação de nosso Pai celeste. TS1 208 2 Irmão B., o Senhor está trabalhando em seu favor, e o abençoará e fortalecerá no caminho do direito. O irmão compreende a teoria da verdade, e deve obter todo o conhecimento que lhe seja possível quanto à vontade e à obra de Deus, a fim de que esteja preparado para ocupar uma posição de mais responsabilidade, caso Ele, vendo que o senhor pode glorificar-Lhe melhor o nome assim fazendo, o requeira do irmão. Mas o senhor tem ainda uma experiência a adquirir. É demasiado impulsivo, por demais afetado pelas circunstâncias. Deus está disposto a fortalecer, estabelecer e firmar o irmão, caso busque sincera e humildemente sabedoria -- dele que é infalível, e que promete que o não fará em vão. TS1 209 1 Ao ensinar aos outros a verdade, o irmão está em risco de falar demasiado fortemente, de uma maneira que não está em harmonia com sua curta experiência. O irmão apreende as coisas de relance, e pode compreender de pronto a importância dos assuntos. Nem todos são organizados como o irmão, e não podem fazer o mesmo. O irmão não estará preparado para esperar calma e pacientemente que essas pessoas que não podem ver tão prontamente como o senhor mesmo, pesem as provas. Estará em risco de insistir demasiado com os outros para verem imediatamente como lhe acontece, e sentirem todo aquele zelo e necessidade de ação que o irmão experimenta. Caso sua expectativa não se realize, o irmão está sujeito a desanimar e ficar desassossegado, e a desejar uma mudança. TS1 209 2 Deve fugir da tendência de censurar e impor. Abstenha-se de tudo que cheire a um espírito acusador. Não agrada a Deus que haja esse espírito em qualquer de Seus servos de longa experiência. É próprio de um jovem, caso seja adornado de humildade e daquele ornamento interior, manifestar ardor e zelo; mas quando um zelo áspero e espírito acusador são manifestados por um jovem que não possui senão alguns anos de experiência, isto é muito impróprio, e simplesmente desagradável. Coisa alguma lhe pode tão depressa destruir a influência como isto. A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar -- estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes. O poder do amor TS1 209 3 O amor é poder. Neste princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, e dele não se podem separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é vigoroso para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer bem, e nada senão bem. Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quantidade de amor com que alguém trabalha do que a porção de trabalho que realiza. O amor é de Deus. O coração não convertido é incapaz de originar ou produzir esta planta de procedência celeste, que só vive e floresce onde Cristo reina. TS1 210 1 O amor não pode viver sem ação, e cada ato aumenta-o, robustece-o, expande-o. O amor obterá a vitória onde o argumento e a autoridade são impotentes. O amor não trabalha pelo proveito nem pela recompensa; todavia foi ordenado por Deus que grande ganho acompanhe seguramente toda obra de amor. Este é difusivo em sua natureza e sem ruído em sua maneira de agir, e todavia forte e poderoso em seu desígnio de vencer grandes males. Sua influência é de molde a abrandar e a transformar, e tomará posse da vida dos pecadores e lhes tocará o coração quando todos os outros meios se houverem demonstrado infrutíferos. TS1 210 2 Onde quer que seja empregado o poder do intelecto, da autoridade ou da força, e não se achar manifestamente presente o amor, as afeições e a vontade daqueles a quem buscamos alcançar tomam uma atitude defensiva ou de repulsa, e acresce-lhes a força de resistência. Jesus era o Príncipe da Paz. Veio a este mundo a fim de sujeitar a Si a resistência e a autoridade. Era senhor da sabedoria e da força, mas os meios que empregou para vencer o mal foram a sabedoria e a força do amor. Não tolere coisa alguma que lhe divida o interesse do atual trabalho que faz, até que Deus ache por bem lhe dar outra parte da obra no mesmo campo. Não busque felicidade, pois nunca a encontramos procurando-a. Cumpra seu dever. Seja a fidelidade a característica de todas as suas realizações, e revista-se de humildade. TS1 210 3 "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós." Mateus 7:12. Benditos seriam os resultados de tal atitude. "Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:2. Há aí fortes motivos que nos devem constranger a amar uns aos outros com um coração puro, fervorosamente. Cristo é nosso exemplo. Ele andou fazendo o bem. Viveu para beneficiar a outros. O amor embelezava e enobrecia todas as Suas ações. Não nos é ordenado fazer a nós mesmos tudo o que desejamos que os outros nos façam; cumpre-nos fazer aos outros o que desejamos que eles nos façam em idênticas circunstâncias. Com a medida com que medimos, nos é medido de novo. TS1 211 1 O amor puro é simples em suas maneiras de agir, e distingue-se de qualquer outro princípio de ação. O amor da influência e o desejo de desfrutar a estima dos outros talvez produzam uma vida bem ordenada e, freqüentemente, uma conduta irrepreensível. O respeito de nós mesmos nos pode levar a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta pode praticar ações generosas, reconhecer a verdade presente, e exprimir humildade e afeição de maneira exterior, não obstante os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações emanadas de um coração assim podem ser destituídas do sabor da vida, dos frutos de verdadeira santidade, dos princípios do amor puro. O amor deve ser nutrido e cultivado, pois sua influência é divina. TS1 211 2 O Céu deve começar aqui na Terra. Quando o povo de Deus estiver cheio de mansidão e ternura, compreenderá que Sua bandeira sobre eles é o amor, e Seu fruto lhes será mais doce ao paladar. Farão aqui embaixo um Céu em que se preparem para o Céu em cima. -- Testimonies for the Church 7:131. ------------------------Capítulo 40 -- Orações pelos enfermos TS1 212 1 No caso da irmã F., uma importante obra tinha de ser feita. Os que se uniram para orar por ela, precisavam de que uma obra se fizesse em favor deles. Se Deus houvesse atendido suas orações, isto teria redundado em sua desgraça. Nesses casos de aflição, em que Satanás exerce domínio sobre a mente, devia proceder-se antes da oração a um exame escrupuloso de si mesmo a fim de verificar se existem pecados que precisam ser confessados e abandonados. É mister que haja profunda humilhação da alma diante de Deus e se tenha confiança humilde nos merecimentos do sangue de Cristo. A oração e o jejum nada conseguem, enquanto o coração estiver isolado de Deus por um procedimento errôneo. "Porventura não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? e, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?" "Então clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e Ele dirá: Eis-Me aqui; se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar vaidade; e se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam." Isaías 58:6, 7, 9-11. TS1 213 1 É trabalho de coração, o que o Senhor exige; boas obras provindas de um coração repleto de amor. Todos deveriam cuidadosa e devotamente considerar as passagens acima, e investigar seus motivos e ações. A promessa de Deus a nós é sob condição de obediência, submissão a todas as Suas ordens. "Clama em alta voz", diz o profeta Isaías, "não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados. Todavia, Me procuram cada dia, tomam prazer em saber os Meus caminhos; como um povo que pratica a justiça, e não deixa o direito de seu Deus, perguntam-Me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus, dizendo: Por que jejuamos nós, e Tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e Tu o não sabes?" Isaías 58:1-3. TS1 213 2 Trata-se aqui de um povo que faz alta profissão, que tem o hábito de orar e se deleita em exercícios religiosos, mas, não obstante, está em falta. Reconhecem que suas orações não são atendidas; que seus diligentes e zelosos esforços não são levados em conta no Céu, e solicitamente inquirem porque o Senhor não lhes responde. Toda a dificuldade está do lado deles mesmos. Professando piedade, não produzem frutos que glorifiquem a Deus; seus atos não são o que deveriam ser. Negligenciam deveres os mais positivos. A menos que reparem esta falta, Deus não poderá ouvir-lhes as orações consoante Sua glória. TS1 213 3 Nas orações feitas a favor da irmã F., houve confusão de sentimentos. Alguns se revelaram fanáticos, sendo movidos apenas por um impulso de momento. Tinham zelo, porém não com entendimento. Outros olhavam o grande resultado que ali deviam presenciar, e como que triunfavam antes da vitória estar ganha. Havia ali muito desse espírito de Jeú: "Vai comigo, e verás o meu zelo para com o Senhor." 2 Reis 10:16. Em vez dessa confiança própria, deviam manifestar espírito de humildade e desconfiança própria, chegando-se para Deus com o coração contrito e arrependido. Como orar TS1 214 1 Foi-me mostrado que em situações de enfermidade, em que não houver impedimento algum para que sejam feitas orações em favor do doente, o caso deveria ser confiado ao Senhor com calma e fé, e não com agitação. Só Ele é quem conhece a vida passada do indivíduo, e sabe também o que será o seu futuro. Conhece o coração de todos os homens, sabe se o doente, depois de restabelecido, glorificará Seu nome ou se, pelo seu desvio e apostasia, virá a desonrar a Deus. Tudo o que nos compete fazer é pedir-Lhe que restabeleça o doente de conformidade com Sua vontade, e crer que Ele tomará em consideração as razões apresentadas e as orações que a favor do enfermo forem feitas. Se o Senhor vir que o restabelecimento do doente é para Sua glória, atenderá às nossas orações. Insistir, porém, na cura sem conformar-se com Sua vontade, é um erro. TS1 214 2 O que Deus prometeu, a todo tempo é capaz de cumprir, e a obra que confiou a Seu povo a pode perfeitamente realizar por seu intermédio. Se este estiver disposto a andar em conformidade com toda a palavra que Deus falou, toda boa palavra e promessa serão cumpridas. Mas se faltar à perfeita obediência, as grandes e preciosas promessas não serão obtidas e não se cumprirão. TS1 214 3 Tudo o que podemos fazer, ao orar por um doente, é suplicar a Deus com insistência a favor dele e com confiança plena depositar seu caso em Suas mãos. Se atentarmos para alguma iniqüidade em nosso coração, Deus não nos ouvirá. Tem o direito de fazer o que Lhe apraz com o que Lhe pertence. Glorificará Seu nome operando nos que O seguem de coração, e por meio deles, de maneira a ficar patente que é o Senhor que tudo neles opera, e que suas obras se cumprem em Deus. Disse Cristo: "Se alguém Me servir, Meu Pai o honrará." João 12:26. Quando, pois, nos chegamos a Deus, devemos orar para que nos seja dado compreender e realizar Seu propósito, e nossos desejos e interesses se identifiquem com os dele. Devemos protestar-Lhe nossa conformidade com Sua vontade e não pedir que condescenda com a nossa. É bom para nós que o Senhor não defira sempre as nossas súplicas ao tempo e do modo que o desejamos. Assim procedendo, far-nos-á maior bem do que cumprindo nossa vontade, porque nossa sabedoria é loucura diante de Deus. TS1 215 1 Temo-nos reunido em fervorosa prece ao redor do leito de dor de homens, mulheres e crianças, e vimos que foram restituídos à vida em resposta às nossas ardentes súplicas. Nessas orações pensamos que devíamos ser positivos e, se tínhamos fé, devíamos pedir nada menos que a vida. Não ousamos juntar à nossa súplica esta restrição: "se for para glória de Deus", temendo que isso fosse aparentar certa dúvida. Observamos atentamente os que assim nos foram restituídos, e notamos que alguns deles, particularmente jovens, depois de recebida a saúde, se esqueceram de Deus, abandonando-se a uma vida dissoluta, causando aflição e tristeza aos pais e amigos e cumulando de vergonha até os que receavam orar por eles. Não honraram nem glorificaram a Deus com sua vida, mas grandemente O desonraram com seus vícios. TS1 215 2 Desistimos, pois, de impor a Deus a norma de proceder nesses casos e não procuramos mais incliná-Lo à condescendência com nossos desejos. Se a vida do doente pode glorificá-Lo, suplicamos-Lhe que conceda viver, porém não como nós queremos e sim como Ele quiser. Nossa fé pode ter a mesma firmeza e até provar-se mais confiante ainda, subordinando o desejo pessoal à onisciente vontade de Deus, e depositando tudo com confiança em Suas mãos, sem inútil ansiedade. Temos a promessa. Sabemos que Ele nos ouve, se pedirmos de acordo com Sua vontade. Nossas petições não devem tomar a forma de uma ordem e sim de uma intercessão para que se cumpra o que dEle suplicamos. TS1 215 3 Quando a igreja é unida, terá virtude e poder; porém, se parte dela se inclina para o mundo e muitos são dados à concupiscência, que Deus aborrece, pouco Lhe será possível fazer por eles. A incredulidade e o pecado separam a muitos de Deus. Somos tão fracos que não podemos suportar grande prosperidade espiritual sem nos atribuir a sua glória e arrogar bondade e justiça como motivo das bênçãos recebidas, quando tudo tem sua razão de ser na grande misericórdia e bondade do compassivo Pai celestial e não nalgum bem que porventura em nós houvesse. TS1 216 1 Vi que o motivo por que Deus não ouvia mais plenamente as orações de Seus servos pelos doentes entre nós, era que Ele não podia ser glorificado nisto enquanto eles estivessem violando as leis da saúde. E vi também ser Seu desígnio que a reforma pró-saúde e o Instituto de Saúde preparem o caminho para que a oração da fé possa ser plenamente atendida. A fé e as boas obras devem andar de mãos dadas no aliviar os aflitos que há entre nós, e em prepará-los para glorificar a Deus aqui e serem salvos na vinda de Cristo. Deus não permita que esses sofredores fiquem decepcionados e ofendidos por verificarem que os dirigentes do Instituto trabalham apenas segundo o ponto de vista mundano, em vez de aliarem à prática da reforma de saúde, ao tratá-los, as virtudes e bênçãos de pais e mães em Israel. TS1 216 2 Ninguém tenha a idéia de que o Instituto é um lugar a que se deva ir para ser restabelecido pela oração da fé. Ali é um lugar em que se deve ser aliviado das doenças mediante tratamento e corretos hábitos de vida, e aprender a evitar as enfermidades. Mas se há debaixo do céu um lugar em que, mais que em outros, sejam feitas por homens e mulheres devotos e de fé, orações de molde a acalmar, orações cheias de espírito compassivo, esse lugar deve ser um instituto dessa natureza. Os que tratam os doentes devem agir em sua importante obra, com forte confiança em Deus de que Suas bênçãos acompanhem os meios por Ele graciosamente providos, e para os quais em misericórdia nos chamou a atenção como um povo, isto é, o ar puro, o asseio, o saudável regime alimentar, os devidos períodos de trabalho e de repouso, e o emprego da água. -- Testimonies for the Church 1:561 (1867). ------------------------Capítulo 41 -- Ardis de Satanás TS1 217 1 Satanás tem grandes vantagens. Ele possuía o admirável intelecto de um anjo, do qual poucos formam uma idéia exata. Satanás estava cônscio de seu poder, do contrário não se teria empenhado em uma luta com o poderoso Deus, o eterno Pai, e com o Príncipe da Paz. Satanás observa atentamente os acontecimentos, e quando encontra alguém que possua um espírito especialmente forte de oposição à verdade de Deus, ele lhe revelará mesmo acontecimentos ainda não cumpridos, a fim de poder mais firmemente assegurar um lugar em seu coração. Aquele que não hesitou em enfrentar um conflito com quem mantém em Seu poder a criação, tem malignidade para perseguir e enganar. Ele segura os mortais em suas armadilhas nos dias de hoje. Não perdeu, em sua experiência de quase seis mil anos, coisa alguma de sua habilidade e astúcia. Durante todo este tempo, tem sido atento observador de tudo quanto diz respeito a nossa raça. TS1 217 2 Os que se têm oposto severamente à verdade de Deus, Satanás emprega como médiuns. A esses aparece ele na falsa forma e personalidade de outro, talvez uma pessoa querida do médium. Aumenta-lhes a fé empregando as palavras desse amigo, e mencionando circunstâncias prestes a ocorrer, ou que realmente já ocorreram, e de que o médium nada sabia. Por vezes, antes de uma morte ou de um acidente, ele dá um sonho ou, personificando outra pessoa, conversa com o médium, comunicando até mesmo conhecimento por meio de suas sugestões. É, porém, sabedoria de baixo e não de cima. A sabedoria ensinada por Satanás está em oposição à verdade; a menos que, para servir a seus próprios fins, ele se revista aparentemente com a luz que envolve os anjos. Para algumas pessoas, ele aparece aprovando parte daquilo que os seguidores de Cristo crêem ser a verdade, ao passo que os adverte a rejeitarem outra parte como erro perigoso e fatal. TS1 218 1 Satanás é um mestre em seu ofício. Sua sabedoria infernal é por ele empregada com êxito. Está pronto para ensinar os que rejeitam os conselhos de Deus, e é hábil para fazê-lo. A isca utilizada por ele será adequada para atrair as pessoas a sua rede, e nelas firmar as garras diabólicas; para isso, ele a revestirá da maneira mais atrativa possível. Todos quantos são assim enredados, aprenderão a custa de terrível preço, a loucura que é vender o Céu e a imortalidade por um engano fatal em suas conseqüências. TS1 218 2 Nosso adversário, o diabo, não é destituído de sabedoria ou de força. Ele anda em redor bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Trabalhará "com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem". Como rejeitaram a verdade, "Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade". 2 Tessalonicenses 2:9-12. Temos de lutar com um inimigo poderoso, enganador, e nossa única segurança está nAquele que há de vir, o qual consumirá este arquienganador com o espírito de Sua boca, e o destruirá com o resplendor de Sua vinda. ------------------------Capítulo 42 -- Os sofrimentos de Cristo TS1 219 1 Para avaliar plenamente o valor da salvação, é preciso compreender o que ela custa. Em conseqüência das idéias limitadas acerca dos sofrimentos de Cristo, muitos estimam em pouco a grande obra de expiação. O glorioso plano da redenção humana foi produzido mediante o infinito amor de Deus o Pai. Neste plano divino vê-se a mais maravilhosa manifestação de amor de Deus para com a raça caída. Um amor tal como o que se revela no dom do amado Filho de Deus, causou admiração aos santos anjos. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Este Salvador era o resplendor da glória de Seu Pai, e a expressa imagem de Sua pessoa. Possuía majestade divina, perfeição e excelência. Era igual a Deus. "Foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse." Colossences 1:19. "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz." Filipenses 2:6-8. TS1 219 2 Cristo consentiu em morrer no lugar do pecador, para que este, por uma vida de obediência, pudesse escapar da pena da lei de Deus. Sua morte não anulou a lei; não aboliu a lei, nem lhe diminuiu as santas reivindicações, nem tirou qualquer coisa de sua sagrada dignidade. A morte de Cristo proclamou a justiça da lei de Seu Pai em castigar o transgressor, no fato de Ele próprio consentir em sofrer a pena da lei, a fim de salvar o homem caído de sua maldição. A morte do amado Filho de Deus na cruz, mostra a imutabilidade da lei de Deus. Sua morte engrandece a lei e a torna gloriosa, dando ao homem prova de seu imutável caráter. De Seus próprios lábios divinos, ouvem-se as palavras: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir." Mateus 5:17. A morte de Cristo justificou as reivindicações da lei. O Salvador divino-humano TS1 220 1 Em Cristo achavam-se unidos o humano e o divino. Sua missão era reconciliar Deus e o homem; unir o finito com o Infinito. Era este o único modo por que o homem caído podia ser exaltado mediante os méritos do sangue de Cristo, ser participante da natureza divina. Tomando a natureza humana, habilitou-Se Cristo a compreender as provas e dores do homem, e todas as tentações com que ele é assediado. Os anjos não familiarizados com o pecado não se podiam compadecer do homem nas provações que lhe são peculiares. Cristo condescendeu em tomar a natureza humana, "como nós, em tudo foi tentado" (Hebreus 4:15), a fim de poder saber como socorrer a todos os que fossem tentados. Hebreus 2:18. TS1 220 2 Revestido do humano, sentia necessidade da força vinda do Pai. Tinha lugares especiais de oração. Comprazia-Se em entreter comunhão com Seu Pai na solitude da montanha. Neste exercício, Sua alma santa, humana, era fortalecida para os deveres e provas do dia. Nosso Salvador identifica-Se com nossas necessidades e fraquezas no fato de haver-Se tornado um suplicante, um pedinte de todas as noites, buscando do Pai novas provisões de força a fim de sair revigorado e refrigerado, fortalecido para o dever e a provação. Ele é nosso exemplo em tudo. É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal. Jesus suportou lutas, e torturas de alma, em um mundo de pecado. Sua humanidade tornava a oração necessidade e privilégio. Ele reclamava todo o mais forte apoio divino e o conforto que o Pai estava pronto a conceder-Lhe -- a Ele que, em benefício do homem, havia deixado as alegrias do Céu, preferindo morar em um mundo frio e ingrato. Cristo encontrou conforto e alegria na comunhão com o Pai. Ali podia desabafar o coração das dores que O oprimiam. Era um homem de dores, e experimentado nos trabalhos. Nosso exemplo TS1 221 1 Durante o dia Ele trabalhava diligentemente para fazer bem aos outros, para salvar os homens da destruição. Curava os doentes, confortava os tristes, e levava animação e esperança aos que se achavam em desespero. Trazia os mortos à vida. Depois de concluída a obra do dia, saía, noite após noite, da confusão da cidade e, em algum solitário bosque Seu vulto dobrava-se em súplicas ao Pai. Às vezes, os claros raios da Lua incidiam-Lhe sobre o corpo inclinado. E depois, novamente as nuvens e as trevas excluíam toda a luz. O orvalho e a geada da noite caíam-Lhe na cabeça e na barba enquanto ali ficava, naquela atitude suplicante. Freqüentemente Ele prosseguia em Suas petições a noite inteira. Ele é nosso exemplo. Se pudermos lembrar isto, e imitá-Lo, seremos muito mais fortes em Deus. TS1 221 2 Se o Salvador dos homens, com Sua força divina, sentia a necessidade de oração, quanto mais deviam os fracos mortais, pecadores, sentir a necessidade de oração -- oração fervorosa, constante! Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada. Confiava-Se a Deus, e mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de Seu Pai, saía vencedor. Os que professam a verdade para estes últimos dias, acima de todas as outras classes de professos cristãos, devem imitar o grande Modelo na oração. TS1 221 3 "Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor." Mateus 10:25. Nossas mesas acham-se freqüentemente cobertas de iguarias que nem são saudáveis nem necessárias, porque amamos mais estas coisas do que a abnegação, o estar livres de doenças e ter mente sã. Jesus buscava diligentemente força de Seu Pai. Isto, o divino Filho de Deus considerava de maior valor, mesmo para Si, do que sentar-Se à mesa mais rica e variada. Ele nos deu provas de que a oração é essencial a fim de receber forças para lutar contra os poderes das trevas, e realizar a obra que nos foi designada. Nossa própria força é fraqueza, mas a que Deus dá é poder e fará a todo o que a receba, mais que vencedor. No Getsêmani TS1 222 1 Enquanto o Filho de Deus Se achava curvado no Getsêmani, em atitude de oração, a angústia de espírito que experimentava forçou-Lhe dos poros um suor como grandes gotas de sangue. Foi ali que O circundou o horror de uma grande treva. Achavam-se sobre Ele os pecados do mundo. Ele estava sofrendo em lugar do homem, como transgressor da lei do Pai. Ali teve lugar a cena da tentação. A divina luz de Deus ia-Lhe fugindo ao olhar, e Ele passando às mãos dos poderes das trevas. Na angústia de Sua alma, jazia prostrado na terra fria. Experimentava o desagrado do Pai. Tomara dos lábios do homem culpado o cálice do sofrimento, e propusera-Se a sorvê-lo Ele próprio, dando em troca ao homem a taça da bênção. A ira que devia ter caído sobre o homem, caía agora sobre Cristo. Foi ali que o misterioso cálice Lhe tremeu na mão. TS1 222 2 Jesus havia muitas vezes saído para o Getsêmani com os discípulos a fim de meditar e orar. Todos eles estavam bem familiarizados com esse sagrado retiro. Mesmo Judas sabia aonde devia conduzir a turba assassina a fim de entregar Jesus em suas mãos. Nunca dantes visitara o Salvador aquele lugar com o coração tão cheio de dor. Não era do sofrimento físico que o Filho de Deus recuava, e que Lhe arrancou dos lábios, na presença dos discípulos, essas tristes palavras: "A Minha alma está cheia de tristeza até à morte." "Ficai aqui", disse Ele, "e velai comigo." Mateus 26:38. TS1 222 3 Deixando os discípulos ao alcance da voz, Ele foi a pequena distância deles, e prostrou-Se sobre Seu rosto, e orou. Sua alma estava angustiada, e rogou: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres." Mateus 26:39. Os pecados de um mundo perdido estavam sobre Ele, oprimindo-O. Foi o senso do desagrado do Pai em conseqüência do pecado que Lhe rompeu o coração com tão penetrante agonia, e forçou-Lhe da fronte grandes gotas de sangue que, rolando pela face pálida, caíram em terra, umedecendo o solo. "Vigiai e orai" TS1 223 1 Erguendo-Se da posição prostrada em que Se achava, foi ter com os discípulos, e achou-os adormecidos. Disse a Pedro: "Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca." Mateus 26:40, 41. No momento mais importante -- o momento em que Jesus lhes pedira especialmente que velassem com Ele, os discípulos foram encontrados adormecidos. Ele sabia que os esperavam os mais rudes conflitos e terríveis tentações. Levara-os consigo para que Lhe fossem um auxílio, e para que os acontecimentos que testemunhassem naquela noite, e as lições das instruções que haviam de receber lhes ficassem indelevelmente gravadas na memória. Isto era necessário para que sua fé não desfalecesse mas fosse fortalecida para a prova que se achava justamente diante deles. TS1 223 2 Em vez de apoiarem a Cristo, porém, ficaram carregados de tristeza e adormeceram. Mesmo o ardoroso Pedro que, havia poucas horas apenas, declarara que havia de sofrer e, se preciso, morrer por seu Senhor, estava adormecido. No momento mais crítico, quando o Filho de Deus necessitava de sua simpatia e fervorosas orações, foram achados dormindo. Muito perderam eles por dormirem assim. Nosso Salvador pretendia fortalecê-los para a rigorosa prova de sua fé a que seriam em breve sujeitos. Caso eles houvessem passado aquele triste período velando com o querido Salvador, e orando a Deus, Pedro não teria sido deixado às suas próprias e frágeis forças para negar a seu Senhor no momento da provação. TS1 224 1 O Filho de Deus foi pela segunda vez, e orou dizendo: "Pai Meu, se este cálice não pode passar de Mim sem Eu o beber, faça-se a Tua vontade." Mateus 26:42. E foi novamente ter com os discípulos, e encontrou-os adormecidos. Tinham os olhos pesados. Esses discípulos adormecidos representam a igreja a dormir, ao aproximar-se o dia do juízo de Deus. É um tempo de nuvens e espessa escuridão, quando achar-se dormindo é por demais perigoso. TS1 224 2 Jesus deixou-nos esta advertência: "Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o Senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo." Marcos 13:35, 36. Requer-se da igreja de Deus que faça sua vigília noturna, seja ela perigosa, longa ou breve. A tristeza não é desculpa para que ela seja menos vigilante. A tribulação não deve levar à negligência, mas a dobrada vigilância. Cristo dirigiu a igreja pelo próprio exemplo à Fonte de sua força em tempos de necessidade, aflição e perigo. A atitude de vigilância deve caracterizar a igreja como o verdadeiro povo de Deus. Por este sinal os que se acham à espera se distinguem do mundo, e mostram ser peregrinos e estrangeiros na Terra. TS1 224 3 Novamente o Salvador afastou-Se com tristeza dos discípulos adormecidos, e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Volveu então a eles, e disse: "Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores." Mateus 26:45. Quão cruel da parte dos discípulos permitir que o sono lhes cerrasse os olhos e o cansaço lhes acorrentasse os sentidos, enquanto seu divino Senhor suportava tão indizível angústia mental! Caso eles tivessem vigiado, não haveriam perdido a fé ao verem o Filho de Deus moribundo na cruz. TS1 224 4 Essa importante vigília noturna haveria sido assinalada por nobres lutas mentais e orações, as quais lhes teriam levado resistência para testemunhar a inexprimível agonia do Filho de Deus. Isto os haveria preparado, ao contemplarem Seus sofrimentos na cruz, para compreender alguma coisa da natureza da opressiva angústia que Ele suportou no Getsêmani. E eles teriam podido relembrar as palavras que Ele lhes dirigira com referência a Seus sofrimentos, morte e ressurreição; e por entre as sombras daquela hora terrível, difícil, alguns raios de esperança lhes haveriam iluminado as trevas e sustentado sua fé. TS1 225 1 Cristo lhes dissera antes, que tais coisas haviam de acontecer; eles, porém, não O compreenderam. A cena de Seus sofrimentos devia ser para os discípulos uma provação ardente, e daí a necessidade de vigilância e oração. A fé deles precisava ser sustentada por uma força invisível, ao presenciarem a vitória dos poderes das trevas. Inexprimível angústia TS1 225 2 Não podemos ter senão uma pálida concepção da inexprimível angústia do querido Filho de Deus no Getsêmani, ao experimentar Ele a separação de Seu Pai em conseqüência de levar sobre Si o pecado do homem. Ele Se fez pecado pela raça humana. O senso da retirada do amor de Seu Pai, arrancou-Lhe da alma angustiada as dolorosas palavras: "A Minha alma está cheia de tristeza até à morte." "Se é possível, passe de Mim este cálice." Em seguida, com inteira submissão à vontade de Seu Pai, acrescenta: "Todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres." Mateus 26:38, 39. TS1 225 3 O divino Filho de Deus estava desfalecente, moribundo. O Pai mandou um mensageiro de Sua presença para fortalecer o divino sofredor, e ampará-Lo para trilhar a sangrenta estrada. Pudessem os mortais ter contemplado o espanto e a dor da multidão angélica ao testemunhar ela em silencioso pesar o Pai afastando Seus raios de luz, amor e glória de Seu Filho dileto, e poderiam melhor compreender quão ofensivo é o pecado aos Seus olhos. A espada da justiça devia agora despertar contra Seu querido Filho. Por um beijo foi Ele entregue nas mãos dos inimigos, e levado às pressas para a sala de um tribunal terrestre para ali ser escarnecido e condenado à morte por pecadores mortais. Ali foi o glorioso Filho de Deus "ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades". Isaías 53:5. Sofreu insultos, zombarias e vergonhosos maus-tratos, de modo que "Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens". Isaías 52:14. Incompreensível amor TS1 226 1 Quem pode compreender o amor aqui manifestado! A hoste angélica contemplou com assombro e dor Aquele que fora a majestade do Céu, e que usara a coroa de glória, usando agora a coroa de espinhos, vítima ensangüentada da ira de uma turba enfurecida, incendida até à loucura pela ira de Satanás. Contemplai o paciente Sofredor! Tem na cabeça a coroa de espinhos. O sangue vital corre-Lhe de toda lacerada veia. Tudo isso em conseqüência do pecado! Coisa alguma poderia haver induzido Cristo a abandonar a honra e majestade que tinha no Céu, e vir a um mundo pecador, para ser desdenhado, desprezado e rejeitado por aqueles a quem vinha salvar, sofrendo afinal na cruz, senão o amor eterno, redentor, que permanecerá para sempre um mistério. TS1 226 2 Maravilha-te, ó Céu, e assombra-te, ó Terra! Eis o opressor e o oprimido! Vasta multidão circunda o Salvador do mundo. Chufas e zombarias misturam-se com as vulgares imprecações de blasfêmias. Seu humilde nascimento e vida são comentados por insensíveis vilões. Sua declaração de ser o Filho de Deus é ridicularizada pelos principais sacerdotes e anciãos, e gracejos vulgares e insultuosa zombaria passam de boca em boca. Satanás estava exercendo inteiro controle na mente de seus servos. Para fazê-lo eficazmente, começa com o sumo sacerdote e os anciãos, inspirando-lhes o delírio religioso. São atuados pelo mesmo espírito satânico que move os mais vis e endurecidos pecadores. Há nos sentimentos de todos uma corrupta harmonia, desde os sacerdotes e anciãos hipócritas até aos mais baixos. Cristo, o precioso Filho de Deus, foi levado para diante, e a cruz colocada nos Seus ombros. A cada passo gotejava-Lhe o sangue das feridas. Comprimido por imensa multidão de cruéis inimigos e insensíveis espectadores, é Ele conduzido à crucifixão. "Ele foi oprimido, mas não abriu a Sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a Sua boca." Isaías 53:7. Na cruz TS1 227 1 Seus contristados discípulos O seguiram à distância, atrás da turba homicida. Ele é pregado à cruz, e pende suspenso entre o Céu e a Terra. O coração deles irrompe em agonia ao verem seu amado Mestre sofrendo como um criminoso. Próximo à cruz acham-se os cegos, fanáticos e pérfidos sacerdotes e anciãos, insultando, zombando e escarnecendo: "Tu, que destróis o templo, e em três dias o reedificas, salva-Te a Ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz. E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nEle; confiou em Deus; livre-O agora, se O ama; porque disse: Sou Filho de Deus." Mateus 27:40-43. TS1 227 2 Nem uma palavra respondeu Jesus a tudo isto. Enquanto os pregos Lhe estavam sendo enterrados nas mãos, e as gotas do suor da agonia Lhe porejavam, dos lábios pálidos e trementes do inocente Sofredor soltou-se uma oração de amor perdoador em benefício de Seus assassinos: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34. Todo o Céu atentava com profundo interesse para a cena. O glorioso Redentor de um mundo perdido, sofria a pena da transgressão do homem contra a lei do Pai. Ele estava prestes a redimir Seu povo com o próprio sangue. Estava pagando as justas reivindicações da santa lei de Deus. Era o meio pelo qual se poria, enfim, termo ao pecado e a Satanás, e sua hoste seria vencida. TS1 228 1 Oh! já houve acaso sofrimento e dor iguais àqueles que foram suportados pelo moribundo Salvador? Foi o senso do desagrado do Pai que Lhe tornou o cálice tão amargo. Não foi o sofrimento físico que pôs tão rápido fim à vida de Cristo na cruz. Foi o peso esmagador dos pecados do mundo, e o senso da ira de Seu Pai. A glória do Pai, Sua mantenedora presença, haviam-nO abandonado, e o desespero pressionava sobre Ele seu peso esmagador de trevas, arrancando-Lhe dos pálidos e trêmulos lábios o angustioso grito: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27:46. TS1 228 2 Jesus unira-Se ao Pai na criação do mundo. Por entre os angustiosos sofrimentos do Filho de Deus, unicamente os homens cegos e iludidos permaneciam insensíveis. Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos ofendiam o querido Filho de Deus em Suas ânsias de morte. Todavia a natureza inanimada geme em simpatia com Seu ensangüentado e moribundo Autor. A Terra treme. O Sol recusa-se a contemplar a cena. O céu se enegrece. Os anjos assistiram à cena de sofrimento até que não mais puderam contemplá-la, e ocultaram o rosto do horrendo espetáculo. Cristo está morrendo! Está como que sem esperança! É retirado o sorriso aprovador do Pai, e aos anjos não é permitido aclarar as sombras da hora terrível. Não podiam senão olhar em assombro a seu amado Comandante, a Majestade do Céu, a sofrer o castigo da transgressão do homem à lei do Pai. As profundezas TS1 228 3 Até mesmo dúvidas assaltaram o agonizante Filho de Deus. Ele não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. Não havia uma luminosa esperança a apresentar-Lhe Sua saída vitoriosa do túmulo, e a aceitação do sacrifício que fazia, por parte de Seu Pai. O pecado do mundo, com toda a sua terribilidade, foi sentido até ao máximo pelo Filho de Deus. A aversão do Pai pelo pecado, e a pena deste, que é a morte, era tudo quanto Ele podia divisar através desta espantosa treva. Foi tentado a temer que o pecado fosse tão ofensivo aos olhos de Seu Pai, que Ele não Se pudesse reconciliar com o Filho. A terrível tentação de que Seu Pai O houvesse abandonado para sempre, deu lugar àquele penetrante brado desprendido da cruz: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27:46. TS1 229 1 Cristo sentiu muito semelhantemente ao que os pecadores hão de sentir quando os cálices da ira de Deus forem derramados sobre eles. Negro desespero, como um manto, adensar-se-á em torno de suas almas culpadas, e então hão de avaliar na plenitude de sua extensão, a malignidade do pecado. A salvação lhes foi comprada pelo sofrimento e morte do Filho de Deus. Ela lhes pertenceria, caso a aceitassem voluntária e alegremente; ninguém, todavia, é obrigado a prestar obediência à lei de Deus. Se eles recusam o benefício celeste e preferem os prazeres e engano do pecado, têm sua escolha e, ao fim, recebem o salário que lhes pertence, que é a ira de Deus e a morte eterna. Ficarão para sempre separados da presença de Jesus, cujo sacrifício desprezaram. Terão perdido uma existência de felicidade e sacrificado a glória eterna pelos prazeres do pecado por um pouco de tempo. TS1 229 2 A fé e a esperança vacilavam nas agonias de Cristo moribundo, pois Deus retirara a certeza que até então concedera a Seu amado Filho, de Sua aprovação e aceitação. O Redentor do mundo apoiou-Se então nas provas que até aí O haviam fortalecido, de que o Pai aceitava Seus labores, e estava satisfeito com Sua obra. Na agonia da morte, ao depor Ele a preciosa vida, tem de confiar unicamente pela fé nAquele a quem obedecer fora sempre Sua alegria. Não O animam claros, luminosos raios de esperança à direita ou à esquerda. Tudo se acha envolto em opressiva escuridão. Em meio da pavorosa treva experimentada pela compassiva natureza, sorve o Redentor o misterioso cálice até às fezes. Sendo-Lhe negada até a brilhante esperança e confiança no triunfo que obterá no futuro, clama Ele com grande voz: "Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito." Lucas 23:46. Ele conhece o caráter do Pai, Sua justiça, misericórdia e grande amor, e submisso, entrega-Se-Lhe nas mãos. Por entre as convulsões da natureza, são ouvidas pelos assombrados espectadores as palavras finais do Homem do Calvário. TS1 230 1 A natureza compadeceu-se dos sofrimentos de seu Autor. A terra arquejante, as rochas a fenderem-se, proclamaram que era o Filho de Deus que acabava de morrer. Houve um forte terremoto. O véu do templo rasgou-se em dois. O terror apoderou-se de executantes e espectadores, ao verem o Sol envolto em trevas e sentirem a terra tremer debaixo de seus pés, ao mesmo tempo que viam e ouviam as rochas se partindo. Silenciaram as zombarias e escárnios dos principais sacerdotes e anciãos ao encomendar Cristo o espírito às mãos de Seu Pai. Pasma, a turba começou a retirar-se tateando o caminho através das trevas, em direção à cidade. Batiam no peito enquanto caminhavam e, com terror, mal ousando falar senão num murmúrio, diziam entre si: "Foi um inocente que foi morto. E se Ele era em verdade, como afirmava, o Filho de Deus?" "Está consumado" TS1 230 2 Jesus não depôs a vida enquanto não terminou a obra que viera fazer, e exclamou com Seu último suspiro: "Está consumado." João 19:30. Satanás estava tão derrotado! Sabia estar perdido o seu reino. Os anjos regozijaram-se ao serem proferidas as palavras: "Está consumado." O grande plano da redenção dependente da morte de Cristo, fora até ali executado. E houve alegria no Céu para que os filhos de Adão pudessem, mediante uma vida de obediência, ser afinal exaltados ao trono de Deus. Oh! que amor! Que assombroso amor, que trouxe o Filho de Deus à Terra para ser feito pecado por nós, a fim de podermos ser reconciliados com Deus, e elevados a uma existência com Ele em Suas mansões de glória! Oh! que é o homem para que se pagasse um tão alto preço por sua redenção! TS1 230 3 Quando os homens e mulheres puderem compreender mais plenamente a magnitude do grande sacrifício feito pela Majestade do Céu em morrer em lugar do homem, então será magnificado o plano da salvação, e as reflexões sobre o Calvário despertarão ternas, sagradas e vivas emoções na alma cristã. Terão no coração e nos lábios louvores a Deus e ao Cordeiro. Orgulho e egoísmo não podem florescer no coração que guarda vivas na memória as cenas do Calvário. De pouco valor se afigurará este mundo aos que apreciam o grande preço da redenção humana, o precioso sangue do querido Filho de Deus. Nem toda a riqueza do mundo é suficiente em valor para redimir uma alma a perecer. Quem poderá medir o amor experimentado por Cristo para com um mundo perdido, ao pender Ele da cruz, sofrendo pelas culpas dos pecadores? Este amor foi imenso, infinito. O amor mais forte do que a morte TS1 231 1 Cristo mostrou que Seu amor era mais forte do que a morte. Ele estava realizando a salvação do homem; e se bem que sofresse o mais terrível conflito com os poderes das trevas, todavia, entre tudo isso, Seu amor se tornou mais e mais forte. Suportou o ser-Lhe oculto o semblante de Seu Pai, a ponto de Ele exclamar na amargura de Sua alma: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27:46. Seu braço trouxe salvação. Foi pago o preço para comprar a redenção do homem, quando, no derradeiro conflito de alma, foram proferidas as benditas palavras que pareceram ressoar através da criação: "Está consumado." TS1 231 2 Muitos que professam ser cristãos se empolgam com empreendimentos mundanos, e seu interesse é despertado por novos e excitantes divertimentos, ao passo que têm o coração frio, e parecem gelados na causa de Deus. Eis um tema, pobres formalistas, de suficiente importância para inflamar-vos. Interesses eternos acham-se aí envolvidos. Em se tratando desse assunto, é pecado ser calmo e desapaixonado. As cenas do Calvário requerem a mais profunda emoção. A esse respeito estareis desculpados se manifestardes entusiasmo. Que Cristo, tão excelente, tão inocente, devesse sofrer tão dolorosa morte, suportando o peso dos pecados do mundo jamais poderão nossos pensamentos e imaginação compreender plenamente. O comprimento, a largura, a altura e a profundidade de tão assombroso amor, não podemos sondar. A contemplação das incomparáveis profundidades do amor do Salvador, deve encher a mente, tocar e enternecer a alma, refinar e enobrecer as afeições, transformando inteiramente todo o caráter. Eis a linguagem do apóstolo: "Nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado." 1 Coríntios 2:2. Também nós devemos olhar para o Calvário, e exclamar: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gálatas 6:14. TS1 232 1 Considerando a que imenso custo foi comprada nossa salvação, qual será a sorte daqueles que negligenciam uma tão grande salvação? Qual será o castigo dos que professam ser seguidores de Cristo, e todavia deixam de curvar-se em humilde obediência às reivindicações de seu Redentor, e que não tomam a cruz como humildes discípulos de Cristo, seguindo-O da manjedoura ao Calvário? "Quem comigo não ajunta espalha", diz Cristo. Mateus 12:30. Visão limitada da expiação TS1 232 2 Alguns têm visão limitada quanto à expiação. Pensam que Cristo sofreu apenas pequena parte da pena da lei de Deus; julgam que, ao passo que a ira de Deus foi experimentada por Seu querido Filho, Este tinha, através de todos os Seus dolorosos sofrimentos, a demonstração do amor de Seu Pai e de Sua aceitação; que as portas do sepulcro se achavam iluminadas diante dEle por vívida esperança, e que Ele tinha a constante demonstração de Sua futura glória. Eis um grande engano. A mais intensa angústia de Cristo era o senso do desagrado do Pai. Tão penosa foi Sua agonia mental por causa disto, que o homem não pode ter senão uma apagada concepção a esse respeito. TS1 233 1 A história da condescendência, humilhação e sacrifício de nosso divino Senhor, não desperta em muitos nenhum interesse mais profundo, nem comove o coração e afeta a vida mais do que o faz a história da morte dos mártires de Jesus. Muitos sofreram a morte por torturas lentas; outros a sofreram mediante crucifixão. Em que difere destas, a morte do querido Filho de Deus? É verdade que Ele morreu na cruz morte por demais cruel; todavia outros, por amor dEle, sofreram igualmente, no tocante à tortura física. Por que então foi o sofrimento de Cristo mais terrível do que o de outras pessoas que deram a vida por amor dEle? Consistissem os sofrimentos de Cristo apenas em dores físicas, e Sua morte não seria mais dolorosa do que a de alguns dos mártires. TS1 233 2 O sofrimento físico, porém, não foi senão pequena parte da agonia do amado Filho de Deus. Os pecados do mundo achavam-se sobre Ele, bem como o senso da ira de Seu Pai enquanto Ele padecia o castigo da lei transgredida. Estas coisas é que Lhe esmagavam a alma divina. Foi o ocultar-se o semblante do Pai -- um senso de que Seu próprio e amado Pai O havia abandonado -- que Lhe trouxe desespero. A separação causada pelo pecado entre Deus e o homem foi plenamente avaliada e vivamente sentida pelo inocente e sofredor Homem do Calvário. Ele foi oprimido pelos poderes das trevas. Não tinha um único raio de luz a aclarar-Lhe o futuro. E estava lutando com o poder de Satanás, que declarava ter Cristo em suas mãos, que era superior em força ao Filho de Deus, que o Pai estava rejeitando o Filho e que Este não estava, mais que ele próprio, no favor de Deus. Se estava ainda no favor de Deus, por que necessitava Ele morrer? Deus O podia salvar da morte. TS1 233 3 Cristo não cedeu no mínimo ao torturante inimigo, nem mesmo em Sua mais amarga agonia. Legiões de anjos maus estavam ao redor do Filho de Deus, todavia não foi ordenado aos santos anjos que rompessem as fileiras e se empenhassem em conflito com o insultante, injurioso inimigo. Os anjos celestes não tiveram permissão de ministrar ao angustiado espírito do Filho de Deus. Foi nessa terrível hora de trevas, oculta a face de Seu Pai, legiões de anjos maus a circundá-Lo, pesando sobre Ele os pecados do mundo, que Lhe foram arrancadas dos lábios as palavras: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27:46. Uma medida do valor da alma TS1 234 1 A morte dos mártires não pode ser comparada com a agonia suportada pelo Filho de Deus. Devemos ter visões mais amplas e profundas da vida, sofrimentos e morte do querido Filho de Deus. Ao ser a expiação devidamente considerada, a salvação de almas será reconhecida de infinito valor. Em comparação com os empreendimentos da vida eterna, todos os outros imergem na insignificância. Mas como têm sido desprezados os conselhos desse amante Salvador! O coração se dedica às coisas do mundo, e interesses egoístas têm cerrado a porta ao Filho de Deus. Vã hipocrisia e orgulho, egoísmo e lucro, inveja, malícia e paixão têm enchido de tal forma o coração de muitos, que Cristo não pode ter lugar. TS1 234 2 Ele era eternamente rico, todavia, por amor de nós, fez-Se pobre, para que, mediante Sua pobreza, nos pudéssemos tornar ricos. Vestia-Se de luz e glória, e estava cercado de hostes de anjos celestes que esperavam por executar-Lhe as ordens. No entanto revestiu-Se de nossa natureza, e veio morar entre pecadores mortais. Há aí amor que linguagem alguma pode exprimir. Ultrapassa ao conhecimento. Grande é o mistério da piedade. Nossa alma deve avivar-se, elevar-se e ser arrebatada com o tema do amor do Pai e do Filho do homem. Os seguidores de Cristo devem aprender aqui a refletir em certa medida aquele misterioso amor preparatório para a união com todos os remidos em tributar "ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro", "ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre". Apocalipse 5:13. TS1 235 1 Cristo Se deu a Si mesmo, como sacrifício expiatório, para a salvação de um mundo perdido. Ele foi tratado como nós merecemos, a fim de podermos ser tratados como Ele merece. Foi condenado pelos nossos pecados, em que não tinha participação, para que pudéssemos ser justificados por Sua justiça, em que não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, a fim de podermos receber a vida que Lhe pertencia. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5. -- Testimonies for the Church 8:208, 209 (1904). TS1 235 2 O tema favorito de Cristo foi o caráter paternal e o abundante amor de Deus. Este conhecimento de Deus foi o dom de Cristo aos homens, dom que Ele confiou a Seu povo para que este o transmitisse ao mundo. -- Testimonies for the Church 7:55 (1900). ------------------------Capítulo 43 -- Zelo cristão TS1 236 1 Há um zelo ruidoso, sem finalidade ou desígnio, o qual não é segundo o entendimento, é cego em suas manifestações e destrutivo nos resultados. Isto não é zelo cristão. Este é regido por princípio, e não é intermitente. É sincero, profundo e forte, empenhando toda a alma, e despertando as sensibilidades morais para o exercício. A salvação de almas e os interesses do reino de Deus são assuntos da mais alta importância. Que objeto existe que reclame maior ardor do que a salvação de almas e a glória de Deus? Há nisto considerações que não podem ser apreciadas levemente. São de tanta relevância como a eternidade. Acham-se em jogo destinos eternos. Homens e mulheres estão decidindo para a felicidade ou a desgraça. O zelo cristão não se esgota em palavras, mas sentirá e agirá com vigor e eficiência, não agirá para se mostrar. A humildade caracterizará todo esforço e manifestar-se-á em toda obra. O zelo cristão induzirá à fervorosa oração e humilhação, bem como à fidelidade nos deveres domésticos. No círculo familiar, ver-se-á a gentileza e o amor, benevolência e compaixão, os quais são sempre fruto do zelo cristão. ... TS1 236 2 Oh! quão poucos sentem o valor das almas! Quão poucos estão dispostos a se sacrificarem para levar almas ao conhecimento de Cristo! Há muita conversa, muita profissão de amor pelas almas que perecem; mas conversa é coisa barata. O que se precisa é fervoroso zelo cristão -- algo que se manifeste através de atos. Todos devem agora trabalhar por si mesmos e, quando tiverem Jesus no coração, confessá-Lo-ão a outros. Tampouco poderia uma alma que possua a Cristo ser impedida de confessá-Lo, como as águas do Niágara poderiam ser impedidas de precipitar-se da catarata. ------------------------Capítulo 44 -- Responsabilidades dos jovens TS1 237 1 Pudessem os jovens tão-somente ver quanto bem está em seu poder realizar, caso façam de Deus sua força e sabedoria, não mais prosseguiriam em uma direção de descuidosa indiferença para com Ele; não mais seriam detidos pela influência dos que não são consagrados. Em vez de sentir que pesa sobre eles uma responsabilidade individual de desenvolver esforços para fazer o bem aos outros, e conduzir outros à justiça, dedicam-se a buscar o próprio divertimento. São membros inúteis da sociedade, e vivem vida tão destituída de objetivo como as borboletas. Os jovens podem ter conhecimento da verdade, crer nela, mas não vivê-la. Estes possuem uma fé morta. O coração deles não se acha tocado a ponto de afetar a conduta e o caráter à vista de Deus, e não estão mais perto de fazer Sua vontade do que os incrédulos. Seu coração não se conforma com a vontade de Deus; estão em inimizade com Ele. Os que se entregam aos divertimentos, e gostam do convívio dos caçadores de prazer, sentem aversão pelos exercícios religiosos. Há de o Mestre dizer a esses jovens que Lhe professam o nome: Bem está, servos bons e fiéis -- a menos que eles sejam bons e fiéis? TS1 237 2 Os jovens acham-se em grande perigo. Grande mal resulta da leitura leviana a que se entregam. Perde-se muito tempo que devia ser empregado em ocupações úteis. Alguns até se privam do sono para terminar alguma ridícula história de amor. O mundo acha-se inundado de novelas de toda sorte. Algumas não são de natureza tão perigosa como outras. Umas são imorais, baixas e vulgares; outras revestem-se de mais refinamento; todas, porém, são perniciosas em sua influência. Oh, se os jovens refletissem na influência que as histórias empolgantes exercem no espírito! Podeis vós, depois de uma leitura dessas, abrir a Palavra de Deus e ler com interesse as palavras da vida? Não achais desinteressante o Livro de Deus? A fascinação daquela história de amor prende o espírito, destruindo-lhe o tono saudável, e tornando-vos impossível fixar a mente nas verdades importantes, solenes, que dizem respeito a vosso interesse eterno. Pecais contra vossos pais devotando o tempo que lhes pertence a um tão mesquinho desígnio, e pecais contra Deus em assim empregar o tempo que devia ser passado em devoção a Ele. TS1 238 1 É o dever da juventude promover a sobriedade. A leviandade, os gracejos e chocarrices, darão em resultado a aridez da alma e a perda do favor de Deus. Muitos de vós pensam que não exercem má influência sobre outros, sentindo-se assim até certo ponto satisfeitos; mas por acaso exerceis influência para bem? Buscais em vossas conversas e atos conduzir outros ao Salvador? ou, se eles professam a Cristo, levá-los a andar mais achegados a Ele? TS1 238 2 Os jovens devem cultivar um espírito de devoção e piedade. Não podem glorificar a Deus a menos que mirem continuamente atingir à plenitude da estatura de Cristo -- a perfeição em Cristo Jesus. Que as graças cristãs se encontrem abundantemente em vós. Consagrai a vosso Salvador as melhores e mais santas afeições. Prestai inteira obediência a Sua vontade. Ele não aceitará nada menos do que isto. Não vos movais de vossa firmeza pelos escárnios e zombarias daqueles cuja mente se acha entregue à vaidade. Segui a vosso Salvador tanto na má como na boa fama; reputai como alegria e sagrada honra, suportar a cruz de Cristo. Jesus vos ama. Ele morreu por vós. A menos que O busqueis servir com afeição não dividida, deixareis de aperfeiçoar a santidade em Seu temor, e sereis afinal obrigados a ouvir as terríveis palavras: Apartai-vos. ------------------------Capítulo 45 -- Uma carta de aniversário TS1 239 1 Querido filho: Escrevo esta pelo teu décimo nono aniversário. Foi um prazer ter-te conosco por algumas semanas. Estás para deixar-nos. Todavia nossas orações te seguirão. TS1 239 2 Finda hoje outro ano de tua existência. Como o reconsideras tu? Tens acaso feito progresso na vida religiosa? Tens crescido na espiritualidade? Tens crucificado o eu, com suas afeições e concupiscências? Tens crescido em interesse no estudo da Palavra de Deus? Obtiveste decisivas vitórias sobre teus próprios sentimentos e caprichos? Oh! qual tem sido o registro de tua vida durante o ano que acaba de passar para a eternidade, para nunca mais voltar? TS1 239 3 Ao entrares em um novo ano, faze-o com nova resolução de seguir direção progressiva e ascendente. Seja tua vida mais elevada do que tem sido até aqui. Faze que o teu objetivo não seja buscar o próprio interesse e prazer, mas promover o progresso da causa de teu Redentor. Não permaneças numa atitude em que sempre necessites tu mesmo de auxílio, e outros tenham de guardar-te para te conservar no caminho estreito. Podes ser forte para exercer influência santificadora sobre outros. Podes estar em atitude em que o interesse de tua alma se desperte para fazer bem a outros, para consolar os aflitos, fortalecer os fracos, e dar teu testemunho em favor de Cristo sempre que se ofereça oportunidade. Visa honrar a Deus em tudo, sempre e em toda parte. Põe em tudo tua religião. Sê cabal em tudo quanto empreenderes. TS1 239 4 Não experimentaste o poder salvador de Deus como é teu privilégio fazer, porque não tornaste o grande objetivo de tua vida glorificar a Cristo. Seja todo propósito que formares, toda obra em que te empenhares e todo prazer que desfrutares, para glória de Deus. Seja esta a linguagem de teu coração: Sou teu, ó Deus, para viver para Ti, trabalhar para Ti e sofrer por Ti. TS1 240 1 Muitos professam estar ao lado do Senhor, mas não estão; o peso de todas as suas ações acha-se do lado de Satanás. Por que meio havemos de determinar de que lado nos encontramos? Quem possui o coração? Em quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem possui nossas mais calorosas afeições e melhores energias? Se nos achamos do lado do Senhor, nossos pensamentos estão com Ele, e nossos mais suaves pensamentos são a Seu respeito. Não temos amizade com o mundo; tudo quanto temos e somos, consagramos a Ele. Almejamos trazer Sua imagem, respirar Seu Espírito, fazer-Lhe a vontade e agradar-Lhe em tudo. Uma influência positiva TS1 240 2 Deves seguir uma direção tão decidida, que ninguém precisa enganar-se contigo. Não te é possível exercer influência sobre o mundo a menos que tenhas decisão. Tuas resoluções podem ser boas e sinceras, mas demonstrar-se-ão um fracasso a não ser que faças de Deus a tua força, e avances com firme determinação de propósito. Deves pôr o inteiro coração na causa e obra de Deus. Deves ser fervoroso em obter uma experiência na vida cristã. Deves exemplificar a Cristo em tua vida. TS1 240 3 Não podes servir a Deus e a Mamom. Ou estás totalmente do lado do Senhor, ou do lado do inimigo. "Quem não é comigo é contra Mim; e quem comigo não ajunta espalha." Mateus 12:30. Algumas pessoas tornam sua vida religiosa um fracasso, porque estão sempre vacilando, e não têm determinação. Sentem-se freqüentemente convictos, e chegam quase ao ponto de fazer a entrega de tudo a Deus; mas, deixando de chegar ao ponto, voltam novamente atrás. Enquanto nesse estado, a consciência vai-se endurecendo, e ficando cada vez menos susceptível às impressões do Espírito de Deus. Seu Espírito adverte, convence, e é desatendido até que quase Se afasta, ofendido. Com Deus não se brinca. Ele mostra claramente o dever, e se há negligência em seguir a luz, esta se torna em trevas. TS1 241 1 Deus pede que te tornes coobreiro Seu em Sua vinha. Começa exatamente onde estás. Chega-te à cruz e aí renuncia ao próprio eu, ao mundo, a todo ídolo. Recebe inteiramente a Jesus em Teu coração. Encontras-te em um lugar difícil para manter a consagração e exercer uma influência que desvie outros do pecado e do prazer e loucura para o caminho estreito traçado para os remidos do Senhor. TS1 241 2 Faze inteira entrega a Deus; submete tudo sem reservas, e busca assim aquela paz que excede o entendimento. Não te é possível receber nutrição de Cristo, a menos que nele estejas. Se não estiveres nEle, és um ramo seco. Não sentes tua necessidade de pureza e verdadeira santidade. Deves experimentar sincero desejo de ter o Espírito Santo, e orar fervorosamente para obtê-Lo. Não podes esperar a bênção de Deus sem a buscares. Caso empregasses os meios ao teu alcance, experimentarias crescimento na graça, e te erguerias a uma vida mais elevada. TS1 241 3 Não te é natural amar as coisas espirituais, mas podes adquirir esse amor pelo exercício da mente, da energia de teu ser, nessa direção. O poder de fazer, eis o que necessitas. A verdadeira educação é o poder de usar as nossas faculdades de maneira a conseguir resultados benéficos. Por que é que a religião ocupa tão pouco nossa atenção, ao passo que o mundo tem a energia do cérebro, dos ossos e músculos? É porque toda a força de nosso ser inclina-se para aquela direção. Temo-nos exercitado em empenhar-nos com diligência e vigor nos negócios mundanos, até que se torna fácil ao espírito tomar essa direção. É por isto que os cristãos acham a vida religiosa tão difícil, e tão fácil a vida mundana. As faculdades foram exercitadas a empregar sua força naquele sentido. Na vida religiosa, tem havido assentimento às verdades da Palavra de Deus, mas não uma ilustração prática das mesmas na vida. TS1 242 1 Não se torna parte da educação cultivar pensamentos religiosos e sentimentos devocionais. Estes devem influenciar e reger todo o ser. Falta o hábito de fazer o que é direito. Há intermitente ação sob influências favoráveis; mas pensar natural e prontamente nas coisas divinas, não é o princípio regedor do espírito. Anões espirituais TS1 242 2 Não há necessidade de sermos anões espirituais, caso exercitemos continuamente o espírito nas coisas espirituais. Mas orar meramente por isto e em torno disto, não satisfará às necessidades do caso. Precisas habituar a mente a concentrar-se nos assuntos espirituais. O exercício trará vigor. Muitos cristãos professos acham-se bem a caminho de perder ambos os mundos. Ser um homem meio cristão e meio mundano, faz de ti cerca de uma centésima parte cristão e todo o resto mundano. TS1 242 3 O viver espiritual, eis o que Deus requer; todavia milhares exclamam: "Não sei o que é, não tenho força espiritual, não gozo o Espírito de Deus." Não obstante as mesmas pessoas tornam-se ativas e expansivas e mesmo eloqüentes quando falam sobre assuntos mundanos. Escuta essas pessoas na reunião. Cerca de uma dúzia de palavras são proferidas em voz que mal se ouve. São homens e mulheres do mundo. Cultivaram propensões mundanas, até que suas faculdades se tornaram fortes naquele sentido. São, no entanto, fracos como criancinhas com relação às coisas espirituais, quando deviam ser fortes e vivazes. Não lhes apraz demorar sobre o mistério da piedade. Não conhecem a linguagem do Céu, e não estão educando seu espírito de modo a estar preparados para entoar os cânticos do Céu, ou deleitarem-se nos cultos espirituais que ali ocuparão a atenção de todos. TS1 242 4 Cristãos professos, cristãos mundanos, não se acham familiarizados com as coisas celestiais. Eles nunca serão levados às portas da Nova Jerusalém para se empenharem em cultos que até então não os interessaram de maneira especial. Eles não exercitaram a mente em deleitar-se na devoção, e na meditação sobre as coisas de Deus e do Céu. Como, então, se poderão ocupar nos serviços do Céu? Como deleitarem-se nas coisas espirituais, puras e santas, lá do Céu, quando isto não lhes era especial deleite aqui na Terra? A própria atmosfera ali será pureza. Eles, porém, não se acham relacionados com tudo isso. Quando no mundo, seguindo suas vocações mundanas, sabiam a que se apegar, e exatamente o que fazer. A ordem inferior das faculdades, estando tão constantemente exercida, desenvolveu-se, ao passo que as mais elevadas e nobres potências do espírito, não sendo fortalecidas pelo uso, são incapazes de despertar imediatamente para os serviços espirituais. As coisas espirituais não se discernem, pois são olhadas com olhos amantes do mundo, os quais não podem apreciar o valor e a glória do divino acima do temporal. TS1 243 1 A mente precisa ser educada e disciplinada para amar a pureza. Cumpre estimular o amor pelas coisas espirituais; sim, cumpre estimulá-lo, caso você queira crescer na graça e no conhecimento da verdade. Desejos de bondade e verdadeira santidade são bons, até certo ponto, mas se você se detém aí, de nada valerão. Os bons propósitos são justos, mas não se demonstrarão de nenhum valor, a menos que sejam resolutamente executados. Muitos se perderão enquanto esperam e desejam ser cristãos; não fizeram, porém, nenhum esforço sincero; portanto, serão pesados nas balanças e achados em falta. A vontade precisa ser exercida no devido rumo: Serei um cristão de todo o coração. Conhecerei o comprimento e a largura, a altura e a profundidade do amor perfeito. Escute às palavras de Jesus: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos." Mateus 5:6. São tomadas por Cristo amplas providências para satisfazer o coração que tem fome e sede de justiça. Mais altas realizações espirituais TS1 244 1 O puro elemento do amor expandirá a alma para mais altas realizações, para mais amplos conhecimentos das coisas divinas, de modo que ela não se satisfaça senão com a plenitude. A maioria dos professos cristãos não possuem o senso do vigor espiritual que poderiam obter, fossem eles tão ambiciosos, zelosos e perseverantes para adquirirem conhecimento das coisas divinas como são para alcançar as mesquinhas e perecíveis coisas desta vida. As massas que professam ser cristãs, têm-se contentado com ser anões espirituais. Não têm nenhuma disposição de tornarem seu primeiro objetivo buscar primeiro o reino de Deus e Sua justiça; assim, a piedade é para eles um oculto mistério, não a podem entender. Não conhecem a Cristo por um conhecimento experimental. TS1 244 2 Sejam os homens e mulheres que se satisfazem com seu estado raquítico, definhado nas coisas divinas, repentinamente transportados ao Céu, testemunhando por um instante o elevado e santo estado de perfeição ali permanente -- toda alma cheia de amor; todo semblante irradiando alegria; encantadora música a subir em melodiosos acentos em honra de Deus e do Cordeiro e incessantes torrentes de luz a fluírem sobre os santos procedendo do rosto dAquele que está assentado no trono, e do Cordeiro; e compreendam eles que há ainda mais elevada e maior alegria a experimentar, pois quanto mais recebem de Deus tanto maior é sua capacidade de crescer na exaltação eterna, e assim continuar a receber novas e maiores provisões das incessantes fontes da glória e bem-aventurança inexprimíveis -- e poderão essas pessoas, pergunto, misturar-se à multidão do Céu, participar de seus cânticos celestes, e suportar a glória pura, exaltada, arrebatadora que emana de Deus e do Cordeiro? Oh, não! seu tempo de graça foi dilatado por anos para que pudessem aprender a linguagem do Céu, para que se tornassem "participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo". 2 Pedro 1:4. Eles, porém, tinham um negócio egoísta, seu próprio, em que ocupar as faculdades da mente e as energias do ser. Não se podiam permitir servir a Deus incondicionalmente, e fazer disto um objetivo. Os empreendimentos mundanos precisam vir primeiro, e apoderar-se do melhor de suas faculdades, e a Deus dedicam um pensamento passageiro. Hão de esses ser transformados depois da final decisão: "Quem é santo, seja santificado ainda"?, "quem é sujo, suje-se ainda"? Este tempo virá. TS1 245 1 Aqueles que educaram a mente em deleitar-se nos exercícios espirituais, são os que podem ser trasladados e não serem oprimidos com a pureza e a transcendente glória do Céu. Podes ter bom conhecimento das artes, estar relacionado com as ciências, ser excelente na música e na literatura, tuas maneiras podem agradar àqueles com quem convives, mas que têm estas coisas que ver com o preparo para o Céu? Que fazem elas para preparar-te a fim de comparecer diante do tribunal de Deus? TS1 245 2 Não te enganes. De Deus não se zomba. Coisa alguma senão a santidade te preparará para o Céu. Unicamente a piedade sincera, experimental, pode dar-te um caráter puro, elevado, e habilitar-te a entrar à presença de Deus, que habita na luz inacessível. O caráter celeste deve ser adquirido na Terra, ou jamais se poderá obter. Começa, portanto, imediatamente. Não te iludas de que virá tempo em que poderás fazer mais facilmente um diligente esforço do que agora. Cada dia aumenta tua distância de Deus. Prepara-te para a eternidade com um zelo tal como ainda não manifestaste. Educa tua mente em amar a Bíblia, amar a reunião de oração, a hora de meditação e, acima de tudo, a hora em que a alma comunga com Deus. Torna-te celeste na mente, se queres unir-te com o coro celestial nas mansões de cima. TS1 245 3 Começa agora outro ano de tua existência. No livro do anjo relator, volve-se uma nova página. Qual será o registro de suas páginas? Será ele manchado com negligência para com Deus, com deveres não cumpridos? Deus não o permita. Que aí se grave um registro que não te envergonhes de que seja revelado aos olhos dos homens e dos anjos. Greenville, Michigan, 27 de Julho de 1868. ------------------------Capítulo 46 -- O engano das riquezas TS1 247 1 Prezada irmã M: Ao mostrar-me o Senhor o seu caso, fui transportada a muitos anos atrás, quando a irmã se tornou crente na próxima vinda de Cristo. A irmã aguardava e amava Seu aparecimento. ... TS1 247 2 Vi a irmã lutando com a pobreza, buscando sustentar seus filhos. Muitas vezes, não sabia o que fazer; sombrio parecia o futuro, e incerto. Em sua aflição, a irmã clamava ao Senhor, e Ele a confortava e ajudava, e esperançosos raios de luz lhe brilhavam em torno. Quão precioso lhe era Deus naqueles tempos! quão doce Seu confortante amor! A irmã sentia possuir no Céu precioso tesouro. Ao considerar a recompensa dos aflitos filhos de Deus, que consolo sentir que O podia invocar como Pai! ... TS1 247 3 Minha atenção foi chamada para seu desejo de possuir recursos. Em seu coração estava este sentimento: "Oh! se tão-somente eu tivesse meios, não os havia de empregar mal! Daria um exemplo aos que são mesquinhos e avarentos. Havia de mostrar-lhes a grande bênção que se recebe em fazer o bem." Sua mente aborrecia a cobiça. Quando via os que possuíam abundância dos bens deste mundo cerrarem o coração ao clamor dos necessitados, dizia: "Deus os visitará; Ele os recompensará segundo as suas obras." Ao ver os ricos andarem orgulhosamente, o coração cingido de egoísmo como de cinta de ferro, sentia que eles eram mais pobres do que você, embora estivesse em necessidade e sofrimento. Quando via esses homens orgulhosos de sua bolsa, altivos porque o dinheiro tem poder, sentia compaixão deles, e de modo algum teria sido induzida a trocar de lugar com eles. Todavia você desejava recursos para empregá-los de tal modo que fosse uma repreensão à avareza. Provada pela prosperidade TS1 248 1 Disse o Senhor a Seu anjo que havia até então ministrado à irmã: "Tenho-a provado na pobreza e aflição, e ela não se separou de Mim, nem se rebelou contra Mim. Prová-la-ei agora com prosperidade. Revelar-lhe-ei uma página do coração humano com a qual ela não está familiarizada. Mostrar-lhe-ei que o dinheiro é o mais perigoso inimigo que ela já encontrou. Revelar-lhe-ei o engano das riquezas; que elas são um laço, mesmo para os que se julgam seguros contra o egoísmo e imunes contra a exaltação, a extravagância, o orgulho e o amor do louvor dos homens." TS1 248 2 Foi-me mostrado então que se abrira diante de você um caminho para melhorar suas condições de vida e, com o tempo, obter os recursos que julgava estar usando com sabedoria, e para a glória de Deus. Quão ansiosamente seu anjo ministrador observava a nova prova para ver como lhe havia de resistir! Ao lhe chegarem os meios às mãos, vi-a gradual e quase imperceptivelmente se separando de Deus. Os recursos a você confiados eram gastos para benefício próprio, para rodeá-la das boas coisas desta vida. Vi os anjos contemplando-a com piedosa tristeza, o rosto meio desviado, indispostos a deixá-la. A presença deles, porém, não era percebida, e você se conduzia sem dar atenção ao seu anjo da guarda. ... TS1 248 3 Em sua prosperidade, você não cumpriu as resoluções tomadas na adversidade. O engano das riquezas, desviou-a de seus propósitos. Aumentaram-se-lhe os cuidados. Sua influência ampliou-se. Ao apreciarem os aflitos o alívio a seus sofrimentos, glorificavam-na, e você aprendeu a amar o louvor vindo dos lábios de pobres mortais. Encontrava-se em uma cidade popular, e julgou necessário, para o êxito de seus negócios, bem como para manter sua influência, que seu ambiente estivesse de algum modo em harmonia com suas ocupações. Mas você levou as coisas demasiado longe. Foi muito influenciada pelas opiniões e julgamento dos outros. E gastou dinheiro desnecessariamente, só para satisfazer "a concupiscência dos olhos e a soberba da vida". 1 João 2:16. Esqueceu que estava manejando o dinheiro de seu Senhor. Gastando recursos, unicamente de modo a fomentar a vaidade, você não considerou que o anjo relator estava fazendo um registro do qual havia de se envergonhar quando se deparasse novamente com ele. Disse o anjo, apontando-a: "Você glorificou a si mesma, mas não engrandeceu a Deus." Chegou mesmo a gloriar-se em poder comprar tais coisas. ... Um tempo de perigo TS1 249 1 Sua fé e simples confiança em Deus começou a desaparecer assim que os recursos começaram a fluir. Não se apartou de Deus repentinamente. Sua apostasia foi gradual. Deixou a devoção matinal e vespertina, porque nem sempre era conveniente. A esposa de seu filho causou-lhe provações de caráter peculiar e ofensivo, que tiveram sobre você considerável influência em desanimá-la de continuar com as devoções de família. Sua casa ficou destituída de orações. Seus negócios ficaram em primeiro lugar; e o Senhor e Sua verdade tornaram-se secundários. Volva o olhar aos dias de sua primeira experiência cristã; teriam então essas provações levado você a afastar-se do culto de família? TS1 249 2 Nisto, na negligência da oração particular, você perdeu em sua casa uma influência que poderia haver conservado. Era seu dever reconhecer a Deus na família, a despeito das conseqüências. Suas petições deveriam ter sido feitas a Deus pela manhã e ao entardecer. Devia ter sido como sacerdotisa de sua família, confessando seus pecados e os de seus filhos. Houvesse sido fiel, e Deus, que fora seu guia, não a teria abandonado a seu próprio entendimento. TS1 249 3 Gastaram-se desnecessariamente recursos para ostentação. A irmã se entristecera profundamente por causa deste pecado em outros. E enquanto assim empregava os recursos, estava roubando a Deus. Então o Senhor disse: "Eu espalharei. Permitirei que por algum tempo ela ande em seus próprios caminhos. Cegarei o discernimento, e removerei a sabedoria. Mostrar-lhe-ei que sua força é fraqueza, e sua sabedoria loucura. Humilhá-la-ei, e abrir-lhe-ei os olhos para ver quão longe se afastou de Mim. Se então ela não voltar para Mim de todo o coração, e Me reconhecer em todos os seus caminhos, Minha mão espalhará, e o orgulho da mãe e dos filhos será abatido, e terão novamente por sorte a pobreza. Meu nome será exaltado. 'A arrogância do homem será abatida, e a sua altivez será humilhada.'" Isaías 2:17. ... TS1 250 1 Em sua experiência anterior, o Senhor lhe comunicou talentos de influência, mas não lhe deu o talento de recursos, e portanto, não esperava que você, em sua pobreza, doasse aquilo que não tinha. Como a viúva, você deu aquilo que podia, se bem que, houvesse considerado as próprias circunstâncias, ter-se-ia sentido dispensada de fazer mesmo o que fez. Em sua doença, Deus não exigiu de você aquela ativa energia de que a enfermidade a tinha privado. Embora ficasse limitada em sua influência e em seus recursos, Deus aceitou seus esforços para fazer o bem e promover Sua causa segundo o que possuía, e não segundo o que não tinha. O Senhor não despreza a mais humilde oferta dada com prontidão e sinceridade. TS1 250 2 Você possui um temperamento ardente. O zelo em uma boa causa é digno de louvor. Em suas primeiras provas e perplexidades, estava obtendo uma experiência que seria proveitosa a outros. Era zelosa no serviço de Deus. Aprazia-lhe apresentar as evidências de nossa fé aos que não criam na verdade presente. Podia falar com firmeza; pois essas coisas lhe eram uma realidade. A verdade era uma parte de seu ser; e os que lhe ouviam os fervorosos apelos não tinham dúvida de sua sinceridade, mas ficavam convencidos de que essas coisas eram assim. TS1 251 1 Na providência de Deus, sua influência tem-se ampliado; em acréscimo a isto, Deus achou por bem prová-la dando-lhe talentos de recursos. Encontra-se assim sob dupla responsabilidade. Quando sua condição na vida começou a melhorar, você disse: "Assim que eu possa ter um lar, farei então donativo à causa de Deus." Mas quando teve um lar, viu tanta coisa a melhorar para ter ao seu redor tudo conveniente e aprazível, que se esqueceu do Senhor e de Seus direitos sobre você, e tornou-se menos inclinada a ajudar na causa de Deus do que nos dias de sua pobreza e aflição. TS1 251 2 Você buscava então amizade com o mundo, e se separava mais e mais de Deus. Esqueceu a exortação de Cristo: "Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." Lucas 21:34. "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:12. TS1 251 3 Há três lemas na vida cristã, os quais precisam ser atendidos, se não queremos que Satanás venha furtivamente sobre nós; ei-los: Vigiar, orar e trabalhar. Para o progresso na vida religiosa é necessário orar e vigiar. Nunca houve em sua história tempo mais importante que o atual. Sua única segurança é viver como um vigia. Vigie e ore sempre. Oh! que preventivo contra a tentação, contra o cair nas armadilhas do mundo! Quão zelosamente deveria você haver trabalhado nos últimos anos, quando sua influência era ampla! TS1 251 4 Prezada irmã, o louvor dos homens e a lisonja corrente no mundo, têm tido sobre você maior influência do que tem percebido. Não tem desenvolvido seus talentos -- dando-os aos banqueiros. Você é naturalmente amigável e generosa. Estes traços de caráter têm sido cultivados até certo ponto, mas não tanto quanto Deus requer. Possuir meramente estes excelentes dons não basta; Deus requer que eles se mantenham em constante exercício; pois por meio deles Ele beneficia os que necessitam de auxílio, e leva avante Sua obra para salvação do ser humano. ... Oportunidade de volver TS1 252 1 A você, minha irmã, são confiados talentos de influência e talentos de dinheiro; e grande é sua responsabilidade. Deve agir com cautela, e no temor de Deus. Sua sabedoria é fraqueza, mas a sabedoria do alto é força. O Senhor pretende iluminar-lhe as trevas, e dar-lhe novamente um vislumbre do tesouro celeste, para que possa ter certa compreensão do valor comparativo de ambos os mundos, e então deixá-la escolher entre este mundo e a herança eterna. Vi que ainda há oportunidade de voltar ao rebanho. Jesus a remiu pelo próprio sangue, e requer que empregue seus talentos em Seu serviço. Você não ficou endurecida à influência do Espírito Santo. Ao ser apresentada a verdade de Deus, encontra eco em seu coração. ... TS1 252 2 Prezada irmã, o Senhor tem sido muito misericordioso para com você e sua família. Têm obrigação para com seu Pai celestial de louvar e glorificar Seu santo nome na Terra. A fim de permanecer em Seu amor, você deve trabalhar sempre para obter humildade de mente, e aquele "espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". 1 Pedro 3:4. Sua força em Deus crescerá à medida que tudo Lhe consagrar, de maneira que possa dizer com confiança: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" "Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 8:35, 38, 39. ------------------------Capítulo 47 -- Conversão genuína TS1 253 1 A conversão é uma obra que a maioria das pessoas não aprecia. Não é coisa pequena transformar um espírito terreno, amante do pecado, e levá-lo a compreender o inexprimível amor de Cristo, os encantos de Sua graça e a excelência de Deus, de maneira que a alma seja possuída de amor divino e fique cativa dos mistérios celestes. Quando a pessoa compreende essas coisas, sua vida anterior parece desagradável e odiosa. Aborrece o pecado; e, quebrantando o coração diante de Deus, abraça a Cristo como a vida e alegria da alma. Renuncia a seus antigos prazeres. Tem mente nova, novas afeições, interesses novos e nova vontade; suas tristezas, desejos e amor são todos novos. A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida até então preferidas a Cristo, são agora desviadas, e Cristo é o encanto de sua vida, a coroa de seu regozijo. O Céu, que antes não possuía nenhum atrativo, é agora considerado em sua riqueza e glória; e ela o contempla como sua futura pátria, onde verá, amará e louvará Aquele que a redimiu por Seu precioso sangue. TS1 253 2 As obras de santidade, que lhe pareciam enfadonhas, são agora seu deleite. A Palavra de Deus, anteriormente tediosa e desinteressante, é agora escolhida como seu estudo, sua conselheira. É como uma carta a ela escrita por Deus, trazendo a assinatura do Eterno. Seus pensamentos, palavras e atos são comparados com esta norma e provados. Treme aos mandamentos e ameaças que essa contém, ao passo que se apega firmemente às suas promessas, e fortalece a alma aplicando-as a si mesma. Prefere agora o convívio dos mais piedosos, e os ímpios, cuja companhia antes apreciava, já não lhe causam mais deleite. Lamenta-lhes os pecados que antes a faziam rir. Renuncia ao amor-próprio e à vaidade, e vive para Deus, e é rica em boas obras. Eis a santificação requerida por Deus. Nada menos que isto aceitará Ele. Um apelo pessoal TS1 254 1 Rogo-lhe, meu irmão, que examine o coração diligentemente, indagando: "Em que estrada estou eu viajando, e onde findará ela?" Tem razão de regozijar-se por sua existência não ter sido ceifada enquanto não tem uma firme esperança da vida eterna. Não permita Deus que você negligencie por mais tempo esta obra, vindo assim a perecer em seus pecados. Não iluda o coração com falsas esperanças. Você não vê como firmar-se novamente, a não ser de um modo tão humilde que não pode consentir em aceitá-lo. Cristo lhe apresenta, a você mesmo, meu errante irmão, uma mensagem de misericórdia: "Vinde, que já tudo está preparado." Lucas 14:17. Deus está pronto a aceitá-lo e a perdoar todas as suas transgressões, uma vez que volte. Conquanto tenha sido um pródigo, e se tenha separado de Deus, e permanecido por tanto tempo longe dEle, Ele virá agora mesmo ao seu encontro. Sim; a Majestade do Céu o convida a ir a Seu encontro, para que tenha vida. Cristo está pronto a purificá-lo do pecado, uma vez que se apegue a Ele. Que proveito tem encontrado em servir ao pecado? Que proveito em servir à carne e ao diabo? Não é bem pobre o salário que recebe? Oh! volte, volte, pois por que razão morrerá? TS1 254 2 Você tem tido muitas convicções, muitas angústias de consciência. Tem feito tantos propósitos e tantas promessas; e todavia se demora, e não quer ir a Cristo para que tenha vida. Oh! que o seu coração seja impressionado com o senso deste tempo, para que volte agora e viva! Não pode ouvir a voz do verdadeiro Pastor nesta mensagem? Como pode desobedecer? Não brinque com Deus, para que não o abandone a seus caminhos tortuosos. É uma questão de vida ou morte para você. Qual escolherá? Coisa terrível é contender com Deus, e resistir aos Seus apelos. Pode ter o amor de Deus a arder no altar de seu coração, como o sentiu outrora. Pode comungar com Deus como o fez no passado. Se reparar suas culpas passadas, pode novamente experimentar as riquezas de Sua graça e seu semblante outra vez expressará o amor divino. TS1 255 1 Não se exige de você que faça confissão aos que não sabem de seu pecado e seus erros. Não é seu dever publicar uma confissão que levará os incrédulos a triunfarem; mas àqueles a quem é devido, que não se aproveitarão de seu erro, confesse em harmonia com a Palavra de Deus, e permita que eles orem por você, e Deus aceitará o seu empenho, e o sarará. Por amor de sua alma, deixe-se vencer pelos rogos para fazer obra cabal para a eternidade. Ponha de lado seu orgulho, sua vaidade, e aja corretamente. Volte ao redil. O Pastor o aguarda. Arrependa-se, e faça as primeiras obras, e volte ao favor de Deus. ------------------------Capítulo 48 -- Poluição moral TS1 256 1 Foi-me mostrado que vivemos em meio dos perigos dos últimos dias. Por se "multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará". Mateus 24:12. A palavra "muitos" refere-se aos professos seguidores de Cristo. Eles são afetados pela iniqüidade dominante, e se afastam de Deus; não é, porém, necessário que eles assim sejam afetados. A causa desse declínio é eles não se manterem limpos da iniqüidade. O fato de seu amor para com Deus estar esfriando por se "multiplicar a iniqüidade" (Mateus 24:12), mostra que eles são em certo sentido participantes dessa iniqüidade, do contrário ela não lhes afetaria o amor para com Deus, e seu zelo e fervor em Sua causa. TS1 256 2 Foi-me apresentado terrível quadro da condição do mundo. A iniqüidade alastra-se por toda parte. A licenciosidade é o pecado especial desta época. Jamais ergueu o vício a cabeça disforme com tal ousadia como o faz agora. O povo parece estar entorpecido, e os amantes da virtude e da verdadeira piedade acham-se quase desanimados por sua ousadia, força e predominância. A abundante iniqüidade não se limita apenas aos incrédulos e zombadores. Quem dera que assim fosse, mas não é! Muitos homens e mulheres que professam a religião de Cristo, são culpados. Mesmo alguns que professam estar esperando Seu aparecimento não estão mais preparados para esse acontecimento do que o próprio Satanás. Não se estão purificando de toda poluição. Têm por tanto tempo servido a sua concupiscência, que lhes é natural pensar impuramente e ter corruptas imaginações. É tão impossível fazer com que sua mente demore nas coisas puras e santas, como seria desviar o curso do Niágara, e fazer com que suas águas jorrassem para cima. TS1 257 1 Jovens e crianças de ambos os sexos se entregam à polução moral, e praticam esse repulsivo vício, destruidor da alma e do corpo. Muitos professos cristãos acham-se tão embotados pela mesma prática, que suas sensibilidades morais não podem ser despertadas para compreender que isto é pecado, e que se nisto continuam, os seguros resultados serão completa ruína do corpo e da mente. O homem, o ser mais nobre da Terra, formado à imagem de Deus, transforma-se em animal! Faz-se grosseiro e corrupto. Todo cristão terá de aprender a refrear as paixões, e a ser regido por princípios. A menos que assim aja, é indigno do nome de cristão. TS1 257 2 Alguns que fazem alta profissão de fé, não compreendem o pecado do abuso próprio [masturbação] e seus seguros resultados. O hábito longamente arraigado lhes tem cegado o entendimento. Eles não avaliam a excessiva malignidade deste degradante pecado que lhes enerva o organismo e destrói a energia nervosa do cérebro. Os princípios morais são demasiado fracos quando em luta com um hábito arraigado. Solenes mensagens vindas do Céu não podem impressionar fortemente o coração não fortalecido contra a condescendência com esse degradante vício. Os sensitivos nervos do cérebro perderam o saudável tono devido à estimulação doentia para satisfazer um desejo não natural de satisfação sensual. Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo, são os únicos meios pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem, e influenciar sua vida mais íntima. Seja o que for que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades da mente. Em atenção a isto, como é importante que pastores e povo que professam piedade se apresentem limpos e imaculados quanto a tal vício degradante da alma! TS1 257 3 Minha alma se tem curvado em angústia, ao ser mostrada a débil condição do professo povo de Deus. A iniqüidade é abundante e o amor de muitos esfria. Não há senão poucos professos cristãos que consideram esse assunto em seu devido aspecto, e que mantêm sobre si mesmos o justo governo quando a opinião pública e o costume os não condena. Quão poucos refreiam suas paixões por se sentirem sob obrigação moral de fazê-lo, e porque o temor de Deus está diante de seus olhos! As faculdades mais elevadas do homem são escravizadas pelo apetite e por paixões corruptas. Aparte-se da iniqüidade TS1 258 1 Alguns reconhecerão o mal das condescendências pecaminosas, todavia se desculparão dizendo que não lhes é possível vencer as paixões. Isso é coisa terrível de ser admitida por qualquer pessoa que profere o nome de Cristo. "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade." 2 Timóteo 2:19. Por que essa fraqueza? É porque as propensões animais têm sido fortalecidas pelo exercício, até que tomaram ascendência sobre as faculdades superiores. Homens e mulheres carecem de princípios. Estão morrendo espiritualmente, por haverem tão longamente nutrido seus apetites naturais, que sua capacidade de governar-se parece haver desaparecido. As paixões inferiores de sua natureza têm tomado as rédeas, e o que devia ser o poder dirigente tem-se tornado o servo da paixão corrupta. A alma é mantida na mais baixa servidão. A sensualidade tem extinguido o desejo de santidade, e ressecado o viço espiritual. TS1 258 2 Minha alma lamenta pelos jovens que estão formando o caráter nesta época degenerada. Tremo também por seus pais; pois me foi mostrado que, em geral, eles não compreendem suas obrigações de educar os filhos no caminho que devem trilhar. Consultam-se os costumes e a moda, e os filhos em breve aprendem a ser controlados por estes, e são corrompidos; enquanto os indulgentes pais se acham por sua vez entorpecidos, e dormindo quanto ao seu perigo. Mas bem poucos dos jovens se acham livres de hábitos corruptos. São [os jovens] em grande parte liberados do exercício físico por medo de que trabalhem demais. Os próprios pais assumem responsabilidades que deviam estar sobre os filhos. O excesso de trabalho é mau; mas os resultados da indolência devem ser mais temidos. A ociosidade leva à condescendência com hábitos corruptos. O trabalho não cansa nem exaure a quinta parte do que o faz o hábito pernicioso do abuso próprio [masturbação]. Se o trabalho simples e bem regulado aborrece vossos filhos, estai certos, pais, de que há alguma coisa mais que lhes está enervando o organismo e produzindo uma sensação de constante cansaço. Dai trabalho físico a vossos filhos, que exija a atividade dos nervos e músculos. A fadiga resultante desse trabalho lhes diminuirá a inclinação para condescenderem com os hábitos viciosos. A ociosidade é uma maldição. Produz hábitos licenciosos. TS1 259 1 Muitos casos me têm sido apresentados e, ao ter eu uma visão de sua vida interior, minha alma ficou acabrunhada e desgostada, e com repugnância do apodrecimento do coração dos seres humanos que professam piedade e falam de trasladação para o Céu. Tenho-me perguntado freqüentemente: Em quem posso confiar? Quem está isento de iniqüidade? Pedido de oração TS1 259 2 Meu marido e eu assistimos uma vez a uma reunião em que nossa atenção foi solicitada para um irmão que sofria grandemente com a tuberculose. Achava-se magro e pálido. Ele pedia as orações do povo de Deus. Disse que a família estava doente, e que perdera um filho. Falava com sentimento acerca dessa perda. Disse que havia tempos esperava poder ver o irmão e a irmã White. Acreditava que, se orassem por ele, seria curado. Terminada a reunião, os irmãos chamaram-nos a atenção para o caso. Disseram que a igreja os estava ajudando, que a esposa estava doente, e lhe morrera o filho. Os irmãos se haviam reunido em sua casa, e orado pela família afligida. Nós estávamos muito fatigados, e tínhamos sobre nós a preocupação do trabalho durante a reunião, e desejávamos ser dispensados. TS1 259 3 Eu havia resolvido não me empenhar em oração por ninguém, a menos que o Espírito do Senhor assim indicasse. Havia-me sido mostrado que havia tanta iniqüidade, mesmo entre os professos observadores do sábado, que não desejava tomar parte em oração por pessoas cuja história me era desconhecida. Declarei minha razão. Foi-me assegurado pelos irmãos que, tanto quanto eles sabiam, ele era um irmão digno. Conversei alguns momentos com a pessoa que solicitara nossas orações a fim de obter a cura, mas não me pude sentir livre. Ele chorou e disse que esperara que chegássemos, e estava certo de que, se orássemos por ele, seria restaurado à saúde. Dissemos-lhe que não estávamos familiarizados com sua vida; que preferíamos que aqueles que o conheciam orassem com ele. Ele nos importunou tão encarecidamente, que decidimos considerar seu caso, e apresentá-lo perante o Senhor aquela noite; e se o caminho nos parecesse aberto, havíamos de satisfazer-lhe o pedido. TS1 260 1 Curvamo-nos naquela noite em oração, e apresentamos seu caso perante o Senhor. Rogamos que pudéssemos conhecer a vontade de Deus a seu respeito. Todo o nosso desejo era que Deus fosse glorificado. Queria o Senhor que orássemos por esse enfermo? Deixamos o caso com o Senhor, e recolhemo-nos para descansar. Num sonho o caso daquele homem me foi claramente apresentado. Foi mostrado o seu procedimento desde a infância, e que, se orássemos, o Senhor não nos ouviria; pois ele atendia à iniqüidade em seu coração. Na manhã seguinte o homem veio para que orássemos por ele. Nós o tomamos à parte, e dissemos-lhe que sentíamos ser forçados a recusar o seu pedido. Contei-lhe meu sonho, que ele reconheceu ser verdade. Ele praticava o abuso próprio [masturbação] desde a infância, e continuara nessa prática através de sua vida de casado, mas disse que procuraria romper com ela. TS1 260 2 Esse homem tinha um hábito longamente arraigado a vencer. Estava na metade da existência. Seus princípios morais estavam tão fracos que, quando postos em conflito com a condescendência há tanto arraigada, eram vencidos. As paixões inferiores haviam adquirido ascendência sobre a natureza superior. Interroguei-o quanto à reforma de saúde. Disse que não podia vivê-la. Sua esposa jogaria fora a farinha integral, caso ela fosse introduzida em casa. Essa família havia sido ajudada pela igreja. Haviam-se feito orações em seu favor também. Seu filho morrera, a esposa estava doente, e o marido e pai deixava seu caso sobre nós, para o levarmos perante o puro e santo Deus, para que Ele operasse um milagre, e o restabelecesse. As sensibilidades morais desse homem estavam embotadas. TS1 261 1 Quando os jovens adotam práticas vis enquanto o espírito é tenro, eles nunca obterão força para desenvolver plena e corretamente personalidade física, intelectual e moral. Ali estava um homem que se degradava diariamente, e todavia ousava arriscar-se a entrar na presença de Deus, e pedir um acréscimo da força que ele vilmente dissipara, e que se concedida, consumiria em sua concupiscência. Que paciência a de Deus! Se Ele lidasse com o homem segundo seus caminhos corruptos, quem poderia viver à Sua vista? Que seria se houvéssemos sido menos cautelosos e levado diante de Deus o caso desse homem, enquanto ele praticava iniqüidade, teria o Senhor ouvido e atendido? "Porque Tu não és um Deus que tenha prazer na iniqüidade, nem contigo habitará o mal. Os loucos não pararão à Tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade." Salmos 5:4, 5. "Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá." Salmos 66:18. TS1 261 2 Esse não é um caso isolado. Mesmo as relações matrimoniais não foram suficientes para preservar esse homem dos hábitos corruptos de sua adolescência. Quisera poder convencer-me de que casos como o que apresento são raros; sei, porém, que são freqüentes. Os filhos nascidos de pais dominados por paixões corruptas, são sem valor. Que pode ser esperado de filhos tais, senão que desçam mais baixo na balança, que seus pais? Que se pode esperar desta geração? Milhares são vazios de princípios. Esses mesmos transmitem a sua descendência as próprias paixões miseráveis, corruptas. Que herança! Milhares arrastam a existência destituída de princípios, manchando seus companheiros e perpetuando suas baixas paixões ao transmiti-las aos filhos. Tomam a responsabilidade de neles gravar seu próprio caráter. Relação entre o regime alimentar e a moral TS1 262 1 Volto mais uma vez aos cristãos. Se todos quantos professam obedecer à lei de Deus estivessem isentos de iniqüidade, minha alma sentir-se-ia aliviada; não o estão, porém. Mesmo alguns que professam guardar todos os mandamentos de Deus são culpados do pecado de adultério. Que posso eu dizer que lhes desperte as amortecidas sensibilidades? Os princípios morais, estritamente observados, tornam-se a única salvaguarda da alma. Se já houve tempo em que o regime alimentar devesse ser da mais simples qualidade, esse tempo é agora. Não devemos pôr carne diante de nossos filhos. Sua influência é estimular e fortalecer as mais baixas paixões, tendo a tendência de amortecer as faculdades morais. Cereais e frutas preparados sem gordura, e no estado mais natural possível, devem ser o alimento para as mesas de todos os que professam estar se preparando para a trasladação ao Céu. Quanto menos estimulante o regime, tanto mais facilmente podem as paixões ser dominadas. A satisfação do paladar não deve ser considerada sem levar em conta a saúde física, intelectual ou moral. TS1 262 2 A condescendência com as paixões inferiores levará muitíssimos a fechar os olhos à luz; pois temem ver pecados que não estão dispostos a abandonar. Todos podem ver, se quiserem. Caso prefiram as trevas em vez da luz, nem por isso será menor a sua culpa. Por que não lêem os homens e mulheres, tornando-se mais versados nessas coisas que tão decididamente afetam sua resistência física, intelectual e moral? Deu-vos Deus uma habitação para que dela cuideis, e a conserveis nas melhores condições para Seu serviço e Sua glória. Vosso corpo não vos pertence. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo." 1 Coríntios 3:16, 17. ------------------------Capítulo 49 -- Por que Deus reprova seu povo TS1 264 1 Acima de todos os outros povos no mundo, os adventistas do sétimo dia devem ser modelos de piedade, santos no coração e em suas conversações. Declarei diante de _____ que ao povo que Deus escolheu como Seu peculiar tesouro cumpria ser elevado, purificado, santificado; participante da natureza divina, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Houvessem aqueles que fazem tão elevada profissão de fé de condescender com o pecado e a iniqüidade, e sua culpa seria muito grande. O Senhor reprova os pecados de um, para que outros sejam advertidos e temam. TS1 264 2 Não são feitas aos errantes entre os adventistas do sétimo dia advertências e reprovações porque sua vida seja mais repreensível do que a de professos cristãos das igrejas nominais, ou porque seu exemplo e atos sejam piores do que os dos adventistas que não prestam obediência aos reclamos da lei de Deus; mas porque eles têm grande luz, e porque, pela sua profissão de fé, se colocaram como povo especial, escolhido de Deus, tendo Sua lei escrita no coração. Eles mostram sua lealdade ao Deus do Céu prestando obediência às leis de Seu governo. São representantes de Deus na Terra. Qualquer pecado que neles houver separa-os de Deus e, de modo especial, desonra-Lhe o nome, pois dá aos inimigos de Sua santa lei ocasião de reprovar Sua causa e Seu povo, o qual Ele chamou "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido" (1 Pedro 2:9), a fim de que eles anunciem as virtudes dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. TS1 265 1 O povo que se acha em guerra com a lei do grande Jeová, que considera virtude especial falar, escrever e fazer as coisas mais amargas e odiosas a fim de manifestar seu desprezo à lei, pode fazer elevada profissão de amor a Deus, e aparentemente, ter muito zelo religioso, como faziam os principais dos sacerdotes e os anciãos judaicos; todavia no dia de Deus, a seu respeito será proferido pela Majestade do Céu o "Achado em Falta". Daniel 5:27. "Pela lei vem o conhecimento do pecado." Romanos 3:20. O espelho que lhe revelaria os defeitos do próprio caráter, suscita-lhe fúria, pelo fato de apontar-lhe seus pecados. Adventistas preeminentes que rejeitaram a luz têm alvejado furiosamente a santa lei de Deus, assim como a nação judaica estava contra o Filho de Deus. Acham-se terrivelmente iludidos, enganando outros e sendo enganados. Não vêm para a luz, para que seus atos não sejam reprovados. Essas pessoas não recebem ensino. Mas o Senhor reprova e corrige o povo que professa guardar Sua lei. Aponta-lhes os pecados e manifesta-lhes a iniqüidade, porque deles deseja separar todo pecado e impiedade, a fim de que aperfeiçoem a santidade em Seu temor, e estejam preparados a morrer no Senhor, ou serem trasladados para o Céu. Deus os repreende, reprova e castiga, de modo a serem purificados, santificados, elevados, sendo afinal exaltados a Seu próprio trono. ------------------------Capítulo 50 -- Apelo ao domínio próprio TS1 266 1 De mais alto valor para todos os que estão buscando a imortalidade é a exortação de Pedro. Dirige-se ele aos da mesma fé: TS1 266 2 "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor; visto como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento dAquele que nos chamou por Sua glória e virtude; pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência. E à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, e à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos pecados. Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino Eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 1:1-11. TS1 266 3 Achamo-nos em um mundo que está cheio de luz e conhecimento; todavia muitos que pretendem pertencer à mesma fé preciosa são voluntariamente ignorantes. Acham-se circundados de luz; todavia não a aproveitam para seu próprio bem. Os pais não vêem a necessidade de informar-se, obtendo conhecimento, e pondo-o em uso prático em sua vida conjugal. Caso seguissem a exortação do apóstolo, e vivessem sob o plano de adição, não seriam infrutíferos no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Muitos, porém, não compreendem a obra da santificação. Parecem pensar que a atingiram, quando aprenderam apenas as primeiras lições de adição. A santificação é uma obra progressiva; não é atingida em uma hora ou em um dia, sendo então conservada sem qualquer esforço especial de nossa parte. TS1 267 1 Muitos pais não obtêm o conhecimento que deviam em sua vida matrimonial. Não se guardam para que Satanás não se aproveite deles, controlando-lhes a mente e a vida. Não vêem que Deus requer que eles controlem sua vida matrimonial, evitando qualquer excesso. Bem poucos, porém, sentem ser um dever religioso reger as próprias paixões. Uniram-se em matrimônio ao objeto de sua escolha, e daí raciocinam que o casamento santifica a condescendência com as paixões inferiores. Mesmo homens e mulheres que professam piedade dão rédea solta a suas paixões de concupiscência, e nem pensam que Deus os considera responsáveis pelo dispêndio da energia vital que lhes enfraquece o suporte da vida e lhes debilita todo o organismo. TS1 267 2 O concerto matrimonial encobre pecados das mais negras cores. Homens e mulheres que professam piedade desonram o próprio corpo mediante a condescendência com as paixões corruptas, rebaixando-se mais que as criaturas irracionais. Abusam das faculdades que Deus lhes deu a fim de serem preservadas em santificação e honra. A saúde e a vida são sacrificadas sobre o altar da paixão inferior. As mais elevadas e nobres faculdades são postas em sujeição às propensões sensuais. Os que assim pecam não conhecem os resultados dessa maneira de proceder. Pudessem todos ver a soma de sofrimentos que trazem sobre si mesmos por sua pecaminosa condescendência, e ficariam alarmados, e alguns pelo menos, recuariam da senda de pecado que traz tão tremendos resultados. Tão miserável é a existência arrastada por uma grande classe, que a morte lhes seria preferível à vida; e muitos morrem prematuramente, sacrificada a existência nessa obra inglória da excessiva satisfação das paixões sensuais. Todavia, por serem casados, julgam não cometer pecado nenhum. Uma falsa concepção de amor TS1 268 1 Homens e mulheres, um dia aprendereis o que seja a concupiscência e os resultados de satisfazê-la. Pode-se encontrar no casamento paixão de tão baixa qualidade, como fora dele. O apóstolo Paulo exorta os maridos a amarem sua esposa "como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela". "Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja." Efésios 5:25, 28, 29. Não é um amor puro o que leva um homem a tornar sua esposa instrumento para servir a sua sensualidade. É a paixão sensual que clama por satisfação. TS1 268 2 Quão poucos os homens que manifestam seu amor na maneira indicada pelo apóstolo: "Como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela" "para [não poluí-la, mas] a santificar, purificando-a" "para a apresentar... santa e irrepreensível." Efésios 5:25-27. Tal é, nas relações conjugais, o amor que Deus reconhece como santo. O amor é um princípio puro e santo; a paixão sensual, porém, não admitirá restrição, e não será ditada pela razão ou por ela controlada. É cega às conseqüências; não raciocina de causa para efeito. Muitas mulheres sofrem de grande debilidade e doenças crônicas, porque as leis de seu ser têm sido desrespeitadas; as leis da natureza foram calcadas a pés. A energia nervosa do cérebro é esbanjada por homens e mulheres, sendo invocada para uso antinatural a fim de satisfazer baixas paixões; e este odioso monstro -- a paixão baixa e vil -- toma o delicado nome de amor. TS1 269 1 Muitos professos cristãos que passaram diante de mim, pareciam destituídos de domínio moral. Tinham mais de animal que de divino. Eram, na verdade, quase simplesmente animais. Homens dessa espécie degradam a esposa a quem prometeram proteger e amar ternamente. Ela é tornada um instrumento para serviço das propensões vis e concupiscentes. E muitas mulheres se submetem a tornar-se escravas de paixão concupiscente; não possuem seu corpo em santificação e honra. A esposa não conserva a dignidade e o respeito de si mesma que possuía anteriormente ao casamento. Esta santa instituição devia ter preservado e desenvolvido seu respeito feminil e sua santa dignidade; mas sua feminilidade pura, digna, divina, tem sido consumida no altar da vil paixão; é sacrificada a fim de agradar ao marido. Em breve ela perde o respeito por ele, que não considera as leis a que a criação irracional presta obediência. A vida conjugal torna-se jugo mortificante; pois o amor extingue-se e freqüentemente é substituído pela desconfiança, o ciúme e o ódio. O fruto dos excessos TS1 269 2 Homem algum amará verdadeiramente a sua esposa quando ela se submete pacientemente a tornar-se sua escrava, e servir a suas depravadas paixões. Em sua passiva submissão, ela perde o valor que outrora possuía aos olhos dele. Ele a vê degradada de tudo quanto era elevado, para um baixo nível; e não demora a que suspeite que ela se submeta com a mesma passividade a ser degradada por outro assim como por ele. Duvida-lhe da constância e pureza, cansa-se dela, e busca novos objetos para despertar e intensificar suas paixões infernais. A lei de Deus não é considerada. Tais homens são piores que os animais: são demônios em forma humana. Não conhecem os elevados, enobrecedores princípios do amor verdadeiro e santificado. TS1 269 3 Também a esposa fica ciumenta do marido, e suspeita que, em havendo oportunidade, ele com a mesma prontidão dirigiria a outra, da mesma maneira que a ela, suas atenções amorosas. Vê que ele não é regido pela consciência ou o temor de Deus; todas essas santas barreiras são derribadas pelas paixões concupiscentes; tudo quanto é no marido semelhante a Deus, torna-se servo da concupiscência embrutecedora e vil. TS1 270 1 O mundo está cheio de homens e mulheres desta classe; e casas bem arranjadas, de bom gosto, dispendiosas, encerram um inferno no interior. Imaginem, se lhes for possível, o que pode ser a descendência de pais assim. Não hão de os filhos imergir ainda mais baixo na escala? Os pais dão cunho ao caráter dos filhos. Portanto, os filhos nascidos a esses pais herdam deles disposições mentais de baixa, vil espécie. E Satanás incentiva tudo quanto tende à corrupção. A questão a ser assentada agora, é: Há de a esposa sentir-se obrigada a ceder implicitamente às exigências do marido, quando ela vê que coisa alguma senão a paixão vil o domina, e quando sua razão e discernimento se acham convencidos de que ela o faz com dano do próprio corpo que Deus lhe ordenou possuir "em santificação e honra" (1 Tessalonicenses 4:4), conservar como um "sacrifício vivo" (Hebreus 12:1) para Deus? TS1 270 2 Não é amor puro e santo o que leva a esposa a satisfazer às propensões sensuais do esposo, com prejuízo da saúde e da vida. Caso ela tenha verdadeiro amor e sabedoria, procurará desviar-lhe a mente da satisfação das paixões impuras para assuntos elevados e espirituais, falando sobre assuntos espirituais interessantes. Talvez seja necessário insistir humilde e afetuosamente, mesmo com risco de o desonrar, em que ela não pode aviltar seu corpo, cedendo a excessos sexuais. Deve, bondosa e ternamente, lembrar-lhe que Deus tem direitos mais altos, acima de todos os outros direitos, sobre todo o seu ser, e que ela não pode desrespeitar esses direitos, pois será por isto responsável no grande dia de Deus. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. "Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens." 1 Coríntios 7:23. TS1 271 1 Caso ela eleve suas afeições, e em santificação e honra conserve sua pura dignidade de mulher, poderá por sua judiciosa influência, fazer muito para santificar o marido, cumprindo assim sua alta missão. Por esta maneira de agir, ela pode salvar, tanto o marido como a si mesma, realizando uma dupla obra. Nesta questão, tão delicada e tão difícil de manejar, são necessárias muita sabedoria e paciência, bem como ânimo e fortaleza morais. Graça e resistência podem ser obtidas na oração. O amor sincero deve ser o princípio dominante do coração. O amor para com Deus e para o esposo unicamente, pode ser a justa norma de procedimento. TS1 271 2 Julgue a mulher que é prerrogativa do marido ter inteiro domínio sobre seu corpo, e moldar-lhe o espírito de modo a ajustar-se ao dele em todos os sentidos, para seguir a mesma direção que o seu, e renuncia a sua individualidade; ela perde a identidade, imergindo na do marido. É uma simples máquina para ele dirigir a sua vontade, uma criatura do seu prazer. Ele pensa por ela, decide por ela, por ela age. Ela desonra a Deus em ocupar essa posição passiva. Cabe-lhe diante de Deus uma responsabilidade que é seu dever conservar. TS1 271 3 Quando a mulher sujeita o corpo e o espírito ao domínio do marido, sendo passiva diante da vontade dele em tudo, sacrificando sua consciência, dignidade e mesmo personalidade, perde a oportunidade de exercer aquela poderosa influência que deveria possuir para o bem, a fim de elevar o marido. Ela podia abrandar-lhe a natureza áspera, e sua santificadora influência poderia ser usada de modo a purificar e polir, levando-o a esforçar-se zelosamente por governar as próprias paixões, e ser mais espiritual, para que sejam juntamente participantes da divina natureza, havendo escapado da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Abnegação e temperança TS1 271 4 Grande pode ser o poder da influência no conduzir a mente a assuntos elevados e nobres, acima das baixas condescendências sensuais naturalmente buscadas pelo coração não renovado pela graça. Caso a esposa ache que, a fim de agradar ao marido, deve descer à norma por ele mantida, quando a paixão sensual é a principal base de seu amor e lhe rege as ações, ela desagrada a Deus; pois deixa de exercer uma santificadora influência sobre o marido. Se ela acha dever submeter-se a suas paixões sensuais sem uma palavra de admoestação, não compreende seu dever para com ele e para com o seu Deus. O excesso sexual destruirá com efeito o amor para com os cultos devocionais, tirará do cérebro a substância necessária para nutrir o organismo, vindo positivamente a destruir a vitalidade. Mulher alguma deve ajudar o marido nesta obra de autodestruição. Ela não o fará caso esteja esclarecida, e tenha por ele verdadeiro amor. TS1 272 1 Quanto mais condescendência houver com as paixões sensuais, tanto mais fortes se tornarão elas, e mais violentos serão seus reclamos quanto à satisfação. Que os homens e mulheres tementes a Deus despertem para o seu dever. Muitos professos cristãos sofrem de paralisia de nervos e cérebro, devido a sua intemperança neste sentido. Podridão, eis o que se encontra nos ossos e medula de muitos que são considerados bons homens, que oram e choram, e ocupam altas posições, mas cuja carcaça poluída jamais transporá os portais da cidade celestial. TS1 272 2 Oh! se eu pudesse fazer todos compreenderem sua obrigação para com Deus quanto a conservar a estrutura mental e física nas melhores condições a fim de prestarem serviço perfeito a seu Criador! Refreie-se a esposa cristã, tanto por palavras como por atos, de provocar as paixões sensuais do marido. Muitos não têm absolutamente forças para desperdiçarem nessa direção. Desde sua juventude têm enfraquecido o cérebro e debilitado sua constituição em virtude da satisfação dos apetites sensuais. Abnegação e temperança, eis o que devia constituir sua divisa na vida conjugal. ------------------------Capítulo 51 -- Reuniões de testemunhos e oração TS1 273 1 Recebi há pouco de um irmão, a quem tenho em alta estima, uma carta em que me perguntava como devem ser dirigidas as reuniões. Desejava saber se diversas orações devem ser oferecidas sucessivamente e, após pequena pausa, várias outras orações. TS1 273 2 Pela luz que tenho recebido sobre o assunto, sou de opinião que Deus não requer que ao nos reunirmos para adorá-Lo, façamos disso um período enfadonho e cansativo ao ficarmos muito tempo ajoelhados, ouvindo uma série de compridas orações. Pessoas fracas não podem suportar essa sobrecarga sem ficarem extremamente fatigadas e exaustas. O corpo fica cansado por permanecer inclinado durante tanto tempo; e pior ainda, a mente se torna fatigada em virtude dessas prolongadas orações, deixando de receber o refrigério espiritual, fazendo com que essas reuniões resultem em grande prejuízo. Eles se tornaram fatigados mental e fisicamente, e não receberam poder espiritual. TS1 273 3 As reuniões de testemunhos e oração não devem causar tédio. Sendo possível, todos devem comparecer à hora marcada e, se houver retardatários que se atrasem um quarto de hora ou mais, cumpre não esperar por eles. Se houver apenas duas pessoas presentes, elas podem reivindicar a promessa. As reuniões devem, sendo possível, ser iniciadas na hora marcada, quer estejam presentes poucos ou muitos. O formalismo e o constrangimento devem ser postos de lado, devendo todos estar prontos para o dever. Em condições normais as orações não devem se prolongar por mais de dez minutos. Depois de mudada a posição e de cantar ou ser feita uma exortação quebrando a monotonia, então aqueles que desejarem podem orar. Orações concisas TS1 274 1 Todos devem considerar um dever cristão ser breves na oração. Digam ao Senhor exatamente o que querem, sem rodeios. Na oração particular, cada qual tem o direito de orar o tempo que lhe aprouver e de ser minucioso tanto quanto deseja. Poderá então orar pelos amigos e parentes. É a câmara o lugar onde podemos estender-nos sobre as nossas dificuldades, provações e tentações pessoais. Uma reunião regular de adoração a Deus não é o lugar de expor os assuntos particulares do coração. TS1 274 2 Qual o objetivo de reunir-se? Porventura seria dar informação a Deus em oração, ou instruí-Lo contando tudo o que sabemos? Reunimo-nos para mutuamente nos edificarmos com o intercâmbio de idéias e sentimentos; para adquirirmos poder, luz e ânimo ao nos familiarizarmos com as esperanças e desejos uns dos outros; e ao orarmos com fé, sinceridade e fervor receberemos refrigério e vigor da Fonte de poder. Essas reuniões devem, pois, ser ocasiões sumamente preciosas e tornar-se atraentes a todos os que apreciem as coisas religiosas. TS1 274 3 Temo que haja alguns que não levam suas dificuldades a Deus em orações particulares, reservando-as para as reuniões de oração, e ali querem compensar suas orações de vários dias. Esses podem ser considerados destruidores das reuniões de testemunhos e oração. Eles não emitem luz e a ninguém edificam. Suas orações frias e formais, e longos testemunhos refletindo sua apostasia projetam sombras. Todos se sentem aliviados quando finalmente se calam e é quase impossível dissipar as trevas e frieza que suas orações e testemunhos trouxeram à reunião. Segundo a luz que me foi dada, nossas reuniões devem ser espirituais e sociais, e não muito demoradas. O retraimento, o orgulho, a vaidade, o temor de homens devem ficar de fora. TS1 275 1 Pequenas diferenças e preconceitos não devem ser ali introduzidos. Como numa família unida, simplicidade, mansidão, confiança e amor devem existir no coração dos irmãos e irmãs que se reúnem para reanimar-se e fortalecer-se ao partilharem seu conhecimento. TS1 275 2 "Vós sois a luz do mundo" (Mateus 5:14), diz o divino Mestre. Nem todos têm em sua vida religiosa as mesmas experiências. A despeito de tais diferenças, eles se reúnem e em espírito de simplicidade e humildade compartilham suas experiências. Todos os que trilham o caminho do progresso cristão, devem e hão de ter experiências vivificantes, que ofereçam novidade e interesse. Uma experiência vivificante compreende tentações, provações e lutas cotidianas, como também esforços decisivos, vitórias, paz e alegria através de Jesus. A simples narração dessas experiências proporciona luz, força e conhecimento que ajudarão outros a progredir na vida espiritual. A adoração a Deus deve ser interessante e instrutiva para os que têm amor às coisas divinas e sagradas. As reuniões que Jesus dirigia TS1 275 3 Jesus, o divino Mestre, não viveu afastado dos filhos dos homens; para poder beneficiá-los, baixou do Céu à Terra onde eles estavam, para que a pureza e santidade de Sua vida se refletissem sobre a senda de todos, iluminando-lhes o caminho para o Céu. O Redentor do mundo procurou tornar Suas lições claras e simples, para que todos as compreendessem. Geralmente preferia o ar livre para Suas palestras. Não havia casa que comportasse a multidão que O seguia; mas tinha especiais motivos para ir às campinas e praias a fim de ministrar-lhes Suas lições e ensinos. Tinha ali uma vista majestosa da paisagem e utilizava cenas e objetos com os quais as pessoas de vida humilde estavam familiarizadas, para ilustrar-lhes as verdades importantes que lhes tinha a ensinar. Aos Seus ensinos costumava associar as obras de Deus na natureza. Os pássaros, que despreocupados entoavam seus cânticos; as flores dos vales, resplandecendo em suas belas cores; os lírios descansando em sua pureza no seio dos lagos; as árvores majestosas, as terras cultivadas, as ondeantes searas, o solo estéril, as árvores improdutivas, as eternas montanhas, os impetuosas correntes, o sol poente tingindo e dourando o horizonte -- tudo isso Ele empregava para impressionar Seus ouvintes acerca das verdades eternas. Harmonizava as obras dos dedos de Deus no Céu e na Terra com as palavras de vida que Se lhes propunha imprimir na mente, para que, pela contemplação de Suas maravilhosas obras na natureza, Suas lições lhes fossem continuamente lembradas. TS1 276 1 Em todos os Seus esforços Cristo procurou tornar interessantes os Seus ensinos. Sabia que a multidão cansada e faminta não podia receber benefício espiritual, e não Se esqueceu de suas necessidades materiais. Em certa ocasião realizou um milagre para alimentar cinco mil pessoas que haviam se reunido para ouvir de Seus lábios as palavras de vida. Quando anunciava a preciosa verdade aos Seus ouvintes, Jesus observava as coisas que O rodeavam. A paisagem geralmente atraía a vista de todos e despertava a admiração nos que eram amantes do belo. Ele podia exaltar a sabedoria de Deus nas obras da criação, e associar Seus sagrados ensinos, conduzindo a mente dos ouvintes através da natureza para o Autor da natureza. TS1 276 2 Deste modo as paisagens, árvores, pássaros, flores do vale, colinas, lagos e o céu radiante eram associados na mente dos ouvintes com verdades solenes que se tornariam lembranças sagradas ao serem reconsideradas, depois de Sua ascensão aos Céus. TS1 276 3 Quando Cristo ensinava o povo, não empregava o tempo em orar. Não o sujeitava, como os fariseus, a longas e tediosas cerimônias e orações. Aos Seus discípulos ensinou como deviam orar: "E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós Lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim." Mateus 6:5-9. Orações públicas TS1 277 1 Cristo deu a entender a Seus discípulos que suas orações deviam ser breves, exprimindo exatamente o que desejavam, e nada mais. Sugeriu-lhes a extensão e substância das orações, que resumiam seus desejos de bênçãos temporais e espirituais, bem como a gratidão manifestada por elas. Quão compreensiva é essa Oração Modelo! Abrange as necessidades reais de todos. Um ou dois minutos é tempo suficiente para qualquer oração habitual. Casos haverá em que a oração é expressa de modo especial pelo Espírito de Deus, quando a súplica é feita no Espírito. O coração ardente anseia e suspira por Deus; o espírito luta como Jacó, e não se satisfaz enquanto não vir uma manifestação especial do poder de Deus. Isso é o que Deus deseja. TS1 277 2 Muitos, entretanto, fazem orações secas em forma de sermão. Eles oram aos homens e não a Deus. Se estivessem orando a Deus e realmente compreendessem o que estavam fazendo, assustar-se-iam de sua audácia, pois estão dirigindo ao Senhor um discurso, em forma de oração, como se o Criador do Universo necessitasse de informações especiais a respeito do que se passa no mundo. Tais orações são como "o metal que soa ou como o sino que tine". 1 Coríntios 13:1. Não são tidas em conta alguma no Céu. Os anjos de Deus e também os mortais que são obrigados a escutá-las, aborrecem-se delas. TS1 277 3 Jesus foi encontrado muitas vezes orando. Retirava-Se para os bosques solitários ou para as montanhas, a fim de ali elevar Suas súplicas ao Pai. TS1 278 1 Terminados os trabalhos e cuidados do dia, enquanto os cansados buscavam o repouso, Jesus dedicava tempo à oração. Não queremos desencorajar a oração, pois entre nós se ora e vigia muito pouco. E poucas orações são feitas com entendimento. Orações fervorosas e eficazes poderão ser feitas a todo tempo, e jamais fatigarão alguém. Essas orações atraem e reanimam a todos os que tomam interesse na devoção. TS1 278 2 A oração particular é negligenciada, e essa é a razão por que, muitos apresentam orações longas, tediosas, que refletem apostasia, quando se reúnem para adorar a Deus. Querem, com suas orações, satisfazer os deveres negligenciados da semana inteira e oram demoradamente, esperando reparar assim a sua falta e acalmar a consciência que os acusa. Esperam pela oração conquistar o favor de Deus. Freqüentemente, porém, essas orações têm por conseqüência reduzir outros a seu baixo nível de trevas espirituais. Se os cristãos atendessem mais aos ensinos de Cristo quanto ao dever de orar e vigiar, o seu culto a Deus havia de provar-se mais racional. -- Testemunhos Para a Igreja, 577-582. TS1 278 3 Temos de reunir-nos em torno da cruz. Cristo, e Ele crucificado, tem de ser o tema de contemplação, de conversa, e de nossas mais jubilosas emoções. Devemos ter essas entrevistas especiais para o fim de conservar vivo em nossos pensamentos tudo que recebemos de Deus, e de exprimir nossa gratidão por Seu grande amor, e nossa boa vontade de confiar tudo nas mãos que por nós foram pregadas à cruz. Devemos aqui aprender a falar a língua de Canaã, a cantar os hinos de Sião. Pelo mistério e glória da cruz podemos estimar o valor do homem, e então veremos e sentiremos a importância de trabalhar pelos nossos semelhantes, a fim de que sejamos exaltados ao trono de Deus. -- Testimonies for the Church 4:462 (1880). ------------------------Capítulo 52 -- Como observaremos o Sábado? TS1 279 1 Deus é misericordioso. Razoáveis são as Suas reivindicações, em harmonia com a bondade e benevolência de Seu caráter. O objetivo do sábado foi que toda a humanidade fosse beneficiada. O homem não foi feito para ajustar-se ao sábado; pois o sábado foi feito depois da criação do homem, a fim de lhe satisfazer às necessidades. Depois de haver Deus feito o mundo em seis dias, descansou, e santificou e abençoou o dia no qual descansou de toda a Sua obra que criara e fizera. Ele separou aquele dia especial para o homem nele repousar de seu labor, para que, ao olhar para a Terra embaixo e para os céus em cima, lembrasse de que Deus fez tudo isto em seis dias e descansou ao sétimo; e para que ao contemplar as provas palpáveis da infinita sabedoria de Deus, seu coração se enchesse de amor e reverência por seu Criador. TS1 280 2 Para santificar o sábado, não é necessário encerrar-nos entre paredes, afastados das belas cenas da natureza e do ar livre e revigorador do céu. Não devemos em caso algum permitir que encargos e transações comerciais nos desviem a mente do sábado do Senhor, que Ele santificou. Nem devemos permitir que nossa mente se demore em coisas de caráter mundano. Mas a mente não pode ser refrigerada, vivificada e enobrecida sendo confinada quase todas as horas do sábado entre paredes, ouvindo longos sermões e orações tediosas, formais. O sábado do Senhor é mal empregado se for assim celebrado. O objetivo para o qual foi criado não é atingido. O sábado foi feito para o homem, para lhe ser uma bênção mediante o desviar-lhe a mente do trabalho secular para a contemplação da bondade e glória de Deus. É necessário que o povo de Deus se reúna para falar sobre Ele, para trocar pensamentos e idéias a respeito das verdades contidas em Sua Palavra, e dedicar uma parte do tempo à devida oração. Esses períodos, porém, mesmo no sábado, não devem ser tornados tediosos por sua extensão e falta de interesse. O livro da natureza TS1 280 1 Numa parte do dia, todos devem ter oportunidade de ficar ao ar livre. Como podem as crianças obter um mais correto conhecimento de Deus, e sua mente ser mais impressionada, do que passando parte do tempo ao ar livre, não em brincadeiras, mas na companhia de seus pais? Que sua mente juvenil se ligue a Deus no belo cenário da natureza, seja sua atenção chamada às provas de Seu amor ao homem nas obras criadas, e elas serão atraídas e demonstrarão interesse. Não estarão em risco de associarem o caráter de Deus com tudo quanto é rigoroso e severo; mas ao verem as belas coisas que Ele criou para a felicidade do homem, serão levadas a considerá-Lo um terno e amorável Pai. Verão que Suas proibições e regras não são feitas meramente para mostrar Seu poder e autoridade, mas têm em vista a felicidade de Seus filhos. Ao revestir-se o caráter de Deus do aspecto de amor, benevolência, beleza e atração, as crianças são induzidas a amá-Lo. Podeis encaminhar-lhes a mente aos lindos pássaros, que enchem o espaço de música com seus alegres cânticos, às hastes de relva e às flores de maravilhoso colorido, em sua perfeição, a perfumarem o ar. Todos esses proclamam o amor e habilidade do Artista celeste, e manifestam a glória de Deus. TS1 280 2 Pais, por que não empregar as preciosas lições que Deus nos deu no Livro da natureza, de modo a dar a nossos filhos uma idéia correta do Seu caráter? Os que sacrificam a simplicidade à moda, e se excluem das belezas naturais, não podem ter mente espiritual. Não podem entender a habilidade e o poder de Deus tais como se revelam em suas obras criadas; portanto, seu coração não é vivificado e não pulsa com novo amor e interesse, e não se enchem de admiração e reverência ao verem Deus na natureza. TS1 281 1 Todos quantos amam a Deus devem fazer o que lhes seja possível para tornar o sábado deleitoso, santo e digno de honra. Não podem fazer isso buscando o próprio prazer em distrações pecaminosas, proibidas. Podem, todavia, fazer muito para exaltar o sábado em sua família e torná-lo o dia mais interessante da semana. Cumpre-nos consagrar tempo para despertar o interesse de nossos filhos. Uma mudança terá sobre eles benéfica influência. Podemos andar com eles ao ar livre; sentar-nos com eles nos bosques e à luz do Sol, e oferecer a sua mente irrequieta algo com que se alimentar, mediante o conversar com eles sobre as obras de Deus, e podemos inspirar-lhes amor e reverência chamando-lhes a atenção para as belas coisas da natureza. TS1 281 2 Devemos tornar o sábado tão interessante para nossa família, que sua volta semanal seja saudada com alegria. Os pais não podem melhor exaltar o sábado e honrá-lo, do que idealizando meios de comunicar a devida instrução a sua família, interessando-a nas coisas espirituais, dando-lhes uma visão correta do caráter de Deus, e do que Ele requer de nós a fim de aperfeiçoarmos caráter cristão e alcançarmos a vida eterna. Pais, tornai o sábado um deleite, para que vossos filhos o aguardem e o acolham de coração. ------------------------Capítulo 53 -- Recreação cristã TS1 282 1 Tenho estado a pensar no contraste que se observaria entre nossa reunião aqui, hoje, e as que são em geral promovidas por descrentes. Em vez de oração, e da menção de Cristo e das coisas religiosas, ouvir-se-ia risadas tolas e conversação frívola. Seu objetivo seria divertir-se a valer. A reunião começaria com insensatez e terminaria em vaidade. Queremos que nossas reuniões sejam dirigidas de tal modo e nós mesmos nos comportemos de tal maneira que possamos voltar para casa com a consciência livre de ofensa para com Deus e os homens; a consciência de não havermos ferido ou prejudicado de qualquer forma aqueles com quem nos associamos, nem termos exercido sobre eles influência nociva. TS1 282 2 São responsáveis pela influência que exercem diariamente; que terão de dar contas a Deus pelas impressões que causam, e pela influência que exercem sobre todos aqueles com quem se relacionam na vida. Se essa influência tiver a tendência de desviar de Deus a mente dos outros, atraindo-os rumo à vaidade e à insensatez, levando-os a buscar o próprio prazer em divertimentos e extravagantes condescendências, hão de dar contas disso. E se tais pessoas são homens e mulheres de influência, e sua posição é de modo a fazer com que seu exemplo afete a outros, maior então será seu pecado por negligenciarem ajustar sua conduta pela norma bíblica. TS1 282 3 Os momentos que estamos hoje fruindo acham-se exatamente em harmonia com minhas idéias sobre recreação. Procurei apresentar meus pontos de vista sobre esse assunto, mas eles podem ser melhor ilustrados do que expressos. Achava-me neste local cerca de um ano atrás, quando houve uma reunião semelhante à que temos agora. Quase tudo transcorreu de forma muito agradável, contudo algumas coisas foram objetáveis. Alguns condescenderam consideravelmente com gracejos e zombarias. Nem todos eram observadores do sábado, e manifestou-se uma influência não tão agradável como desejávamos. TS1 283 1 Creio, porém, que ao passo que estamos buscando refrigerar nosso espírito e revigorar o corpo, Deus requer que empreguemos todas as nossas faculdades em todo o tempo, para os melhores fins. Podemos associar-nos como estamos fazemos hoje aqui, e fazer tudo para a glória de Deus. Podemos e devemos dirigir nossas recreações de tal maneira que sejamos habilitados a cumprir melhor nossos deveres, para que nossa influência seja mais benéfica sobre aqueles com quem nos associamos. Isto se aplicaria especialmente a uma ocasião como esta, que deve ser de animação para todos nós. Podemos voltar a nossos lares com a mente revigorada e refrigerado o corpo, preparados para reiniciar o trabalho com mais esperança e ânimo. TS1 283 2 Cremos que é nosso privilégio glorificar a Deus todos os dias de nossa vida na Terra; que não devemos viver neste mundo simplesmente para nosso próprio divertimento, para agradar a nós mesmos. Estamos aqui para beneficiar a humanidade, para ser uma bênção à sociedade. E se deixarmos nossa mente vagar naquele baixo rumo em que muitos, que estão buscando apenas vaidade e insensatez, deixam correr a sua, como poderíamos ser uma bênção à sociedade, um benefício para nossa espécie e geração? Não podemos, sem culpa, condescender com qualquer divertimento que nos incapacite para o mais fiel desempenho dos deveres comuns da vida. TS1 283 3 Devemos buscar o elevado e belo. Devemos encaminhar a mente em sentido diverso daquilo que é superficial e sem importância, que não tem solidez. Nosso desejo é tirar novas forças de tudo em que nos empenhemos. De todas essas reuniões para fins de recreação, de todas essas aprazíveis associações, precisamos colher novas energias para tornar-nos homens e mulheres melhores. De toda fonte possível, devemos obter novo ânimo, nova resistência, novo poder a fim de ser-nos possível elevar nossa vida à pureza e santidade, e não descermos ao baixo nível deste mundo. ... ------------------------Capítulo 54 -- Não há tempo de graça após a vinda de Cristo TS1 285 1 Quando Jesus Se levantar no santíssimo, e tirar Suas vestes de Mediador, vestindo-Se dos trajes de vingança em lugar dos trajes sacerdotais, estará concluída a obra em prol dos pecadores. Chegará então o período de tempo em que sairá o decreto: "Quem é injusto faça injustiça ainda; ... e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda. E eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:11, 12. TS1 285 2 Deus deu Sua palavra a fim de que todos a examinem, para que aprendam o caminho da vida. Ninguém precisa errar, caso se submeta às condições de salvação estabelecidas na Palavra de Deus. O tempo de graça é concedido a todos, para que todos possam formar caráter para a vida eterna. Uma oportunidade será dada a todos para decidir pela vida ou pela morte. Os homens serão julgados segundo a medida de luz a eles concedida. Ninguém será responsável pelas trevas e erros em que anda, se não lhes foi levada a luz. Eles não pecaram em não aceitar aquilo que não lhes foi apresentado. Todos serão provados antes que Jesus deixe Seu lugar no santíssimo. Findar-se-á o tempo de graça de todos quando a intercessão pelos pecadores terminar, e forem vestidos os trajes de vingança. TS1 285 3 Muitos há que nutrem a idéia de ser concedido um tempo de graça depois de Jesus deixar Sua obra como mediador no lugar santíssimo. Isso é engano de Satanás. Deus testa e prova o mundo pela luz que Se compraz em dar-lhe anteriormente à vinda de Cristo. Forma-se então caráter para a vida ou para a morte. Mas o tempo de graça daqueles que escolhem viver uma vida de pecado, e negligenciam a grande salvação oferecida, termina quando cessar a mediação de Cristo, antes de Seu aparecimento nas nuvens do céu. TS1 286 1 Aqueles que amam o mundo, e cuja mente é carnal e se acha em inimizade para com Deus, lisonjear-se-ão com a idéia de que será concedido um período de graça depois de Cristo aparecer nas nuvens do céu. O coração carnal, tão avesso a submeter-se e a obedecer, iludir-se-á com essa agradável idéia. Muitos permanecerão em segurança carnal, continuando em rebelião contra Deus, lisonjeando-se de que haverá então um tempo de arrependimento do pecado, e uma oportunidade de aceitarem a verdade agora tão impopular e contrária a seus desejos e inclinações naturais. Quando não tiverem nada que arriscar, nada a perder por obedecer a Cristo e à verdade, então, pensam, aproveitarão a oportunidade da salvação. TS1 286 2 Há nas Escrituras algumas coisas difíceis de entender e que segundo diz Pedro, "os indoutos e inconstantes torcem" (2 Pedro 3:16) para a própria perdição. Não podemos explicar nesta vida o sentido de todas as passagens das Escrituras; não há, porém, pontos vitais de verdade prática, que fiquem envoltos em mistério. Ao chegar, na providência de Deus, o tempo de o mundo ser provado quanto à verdade para aquele tempo, mentes serão despertadas pelo Seu Espírito para pesquisarem as Escrituras, mesmo com jejum e oração, até que se descubra elo após elo, e estes sejam ligados em perfeita cadeia. Todo fato que tem que ver de perto com a salvação de almas, será tornado tão claro, que ninguém precisa errar, ou andar em trevas. Responsável pela luz TS1 286 3 Ao acompanharmos a cadeia de profecias, a verdade revelada para o nosso tempo tem sido claramente vista e explicada. Somos responsáveis pelos privilégios que desfrutamos, e pela luz que incide em nosso caminho. Os que viveram nas gerações passadas foram responsáveis pela luz que lhes foi concedida. Sua mente foi despertada acerca de vários pontos da Escritura que lhes serviram de prova. Não compreenderam, porém, as verdades que hoje entendemos. Não foram responsáveis pela luz que não tiveram. Tinham a Bíblia, como nós; mas o tempo para ser esclarecida a verdade especial quanto às cenas finais da história terrestre, é o das últimas gerações que vivem na Terra. TS1 287 1 Verdades especiais foram adaptadas às condições das gerações à medida que existiram. A verdade presente, que é uma prova para o povo desta geração, não era prova aos das gerações que longe ficaram. Caso a luz que hoje brilha sobre nós relativamente ao sábado do quarto mandamento houvesse sido dada às gerações do passado, Deus os teria considerado responsáveis por essa luz. TS1 287 2 Quando o templo de Deus foi aberto no Céu, João viu em santa visão uma classe de pessoas cuja atenção foi atraída, e que olhavam com reverente temor a arca, que continha a lei de Deus. A prova especial sobre o quarto mandamento não sobreveio senão depois que o templo de Deus foi aberto no Céu. TS1 287 3 Aqueles que morreram antes de ser enviada luz sobre a lei de Deus e os reclamos do quarto mandamento, não foram culpados do pecado de violar o sábado do sétimo dia. A sabedoria e misericórdia de Deus em dispensar luz e conhecimento no tempo devido, como o povo a necessita, são insondáveis. Antes de Ele vir a julgar o mundo em justiça, envia uma advertência para despertar o povo e chamar-lhes a atenção para sua negligência quanto ao quarto mandamento, a fim de que seja esclarecido, e se arrependa de sua transgressão da lei de Deus, demonstrando lealdade para com o grande Legislador. Ele tomou providências para que todos possam ser santos e felizes, se assim o quiserem. A esta geração tem sido comunicada suficiente luz, para que conheçamos quais são nossos deveres e privilégios, e desfrutemos as preciosas e solenes verdades em sua simplicidade e poder. TS1 288 1 Somos responsáveis somente pela luz que incide sobre nós. Os mandamentos de Deus e os testemunhos de Jesus estão nos servindo de prova. Se formos fiéis e obedientes, Deus Se deleitará em nós, e abençoará como Seu povo escolhido e peculiar. Quando existirem em abundância a fé, amor e obediência perfeitos, atuando no coração dos que são seguidores de Cristo, eles possuirão poderosa influência. Deles brotará luz, dissipando as trevas que os rodeiam, purificando e elevando todos quantos chegarem sob a esfera de sua influência, e levando ao conhecimento da verdade todos os que estiverem dispostos a ser esclarecidos e a seguir na trilha humilde da obediência. Negligenciar a verdade por fantasias TS1 288 2 Os que possuem mente carnal, não podem compreender a sagrada força da verdade vital de que depende sua salvação, devido a nutrirem no coração orgulho, amor do mundo e à comodidade, egoísmo, cobiça, inveja, ciúmes, concupiscência, ódio e todo mal. Caso vencessem essas coisas, poderiam ser participantes da natureza divina. Muitos deixam as positivas verdades da Palavra de Deus, e negligenciam seguir a luz que lhes ilumina claramente o caminho; tentam descobrir segredos não plenamente revelados, conjecturar, falar e discutir acerca de questões que não são chamados a compreender, as quais não têm que ver especialmente com sua salvação. Milhares de pessoas têm sido assim iludidas por Satanás. Negligenciaram a fé e o dever presentes, os quais são claros e compreensíveis para todos quantos se acham na posse de suas faculdades de raciocínio; fixaram-se sobre teorias duvidosas e textos que não podiam compreender, e erraram com relação à fé; têm uma fé confusa. TS1 288 3 Deus quer que todos façam uso prático dos positivos ensinos de Sua Palavra relativamente à salvação dos seres humanos. Caso eles sejam praticantes da Palavra, que é clara e poderosa em sua simplicidade, não deixarão de aperfeiçoar o caráter cristão. Santificar-se-ão mediante a verdade e pela humilde obediência à mesma, assegurarão a vida eterna. Deus quer servos que sejam verdadeiros, não só em palavras, mas em atos. Seus frutos manifestarão a genuinidade de sua fé. TS1 289 1 Irmão O, você ficará sujeito às tentações de Satanás, caso continue a nutrir suas idéias errôneas. Terá uma fé confusa, e estará em risco de confundir a mente de outros. Deus requer que Seu povo seja unido. Seus pontos de vista peculiares se demonstrarão nocivos a sua influência; e caso continue a nutri-los e a falar neles, servirão afinal para separá-lo de seus irmãos. Se Deus tem luz necessária à salvação de Seu povo, Ele comunicará, da mesma maneira que o fez com outras grandes e importantes verdades. Você deve deixar esse assunto em paz. Permita que Deus atue à Sua maneira, para realizar a Seu tempo e modo os Seus desígnios. Que Deus o habilite a andar na luz, "como Ele na luz está". 1 João 1:7. ------------------------Capítulo 55 -- A santidade do Sábado TS1 290 1 Ao começar o sábado, devemos pôr-nos guarda a nós mesmos, a nossos atos e palavras, para que não roubemos a Deus, apropriando-nos para nosso próprio uso daquele tempo que pertence estritamente ao Senhor. Não devemos fazer nós mesmos, nem permitir que nossos filhos façam, qualquer espécie de trabalho pessoal para subsistência, ou qualquer coisa que poderia ter sido feita durante os seis dias de trabalho. TS1 290 2 A sexta-feira é o dia de preparação. O tempo pode ser então dedicado a fazer os necessários preparativos para o sábado, a pensar e falar sobre isso. Coisa alguma que possa, aos olhos do Céu, ser considerada transgressão do santo sábado, deve ser deixada por dizer ou fazer no sábado. Deus requer, não somente que nos abstenhamos do trabalho físico no sábado, mas que a mente seja disciplinada de modo a pensar em temas santos. O quarto mandamento é transgredido mediante o conversar-se sobre coisas mundanas, ou leves e frívolas. Falar sobre qualquer coisa ou sobre tudo que nos vem à mente, é falar nossas próprias palavras. Todo desvio do direito nos põe em servidão e condenação. TS1 290 3 Irmão P, você deve disciplinar-se para discernir a santidade do sábado do quarto mandamento, e trabalhar por elevar a norma na família, e onde quer que tenha, por seu exemplo, rebaixado a mesma entre o povo de Deus. Deve neutralizar a influência que tem exercido a esse respeito, mudando suas palavras e ações. Você tem com frequência deixado de lembrar "o dia do sábado, para o santificar"; tem-no esquecido muitas vezes, e falado suas próprias palavras no dia santificado por Deus. Não se tem acautelado, unindo-se, no sábado, à conversa profana sobre os assuntos comuns do dia, como ganhos e perdas, ações, colheitas e provisões. Nisto seu exemplo prejudica sua influência. Você precisa reformar-se. TS1 291 1 Os que não se acham inteiramente convertidos à verdade, deixam com frequência que a mente lhes corra às soltas sobre negócios mundanos, e embora repousem dos trabalhos físicos no sábado, a língua fala do que está no coração; daí, essas conversas sobre gado, colheitas, prejuízos e lucros. Tudo isto é violação do sábado. Se a mente gira em assuntos mundanos, a língua o revelará; pois "da abundância do... coração fala a boca". Lucas 6:45. A responsabilidade dos pastores TS1 291 2 A esse respeito o exemplo dos pastores, deve ser prudente. Devem, aos sábados, restringir-se conscienciosamente às conversas sobre assuntos religiosos -- a verdade presente, o dever atual, as esperanças e temores dos cristãos, suas provações, conflitos e aflições; a vitória final e a recompensa a receber. TS1 291 3 Os pastores devem colocar-se como reprovadores daqueles que deixam de lembrar-se do sábado para o santificar. Bondosa e solenemente, cumpre-lhes reprovar os que se empenham em conversação mundana no dia de sábado, professando ao mesmo tempo serem seus observadores. Devem estimular a consagração a Deus no Seu santo dia. Recuperar o sono TS1 291 4 Ninguém se deve sentir na liberdade de gastar tempo santo inutilmente. Desagrada a Deus que os observadores do sábado durmam muito tempo no sábado. Eles desonram a seu Criador em assim fazer e por seu exemplo, dizem que os seis dias são demasiado preciosos para que os empreguem para descansar. Precisam ganhar dinheiro, mesmo que seja se privando do necessário sono, que recuperam dormindo durante as horas santas. Depois, desculpam-se, dizendo: "O sábado foi dado para dia de descanso. Não me privarei do repouso para ir à reunião; pois preciso descansar." Essas pessoas fazem uso errado do dia santificado. Naquele dia especialmente, devem elas interessar sua família na observância do mesmo, e congregar-se na casa de oração com os poucos ou os muitos que ali houver. Devem dedicar o tempo e as energias a cultos religiosos, para que a divina influência os possa acompanhar durante a semana. De todos os dias semanais, nenhum é tão favorável aos pensamentos e sentimentos religiosos como o sábado. TS1 292 1 Foi-me apresentado todo o Céu como a contemplar e observar no decorrer do sábado aqueles que reconhecem as reivindicações do quarto mandamento, e estão observando o sábado. Os anjos estavam anotando o interesse deles e o elevado respeito que nutrem por essa divina instituição. Aqueles que santificavam o Senhor Deus no próprio coração mediante uma estrutura estritamente religiosa da mente, e que buscavam aproveitar as horas santas em observar o sábado da melhor maneira que lhes era possível, e honravam a Deus ao chamar o sábado deleitoso -- a esses, beneficiavam especialmente os anjos com luz e saúde, e era-lhes comunicada força especial. Por outro lado, porém, os anjos se desviavam dos que deixavam de apreciar a santidade do dia santificado por Deus, e deles removiam sua luz e força. Vi-os obscurecidos por uma nuvem, abatidos, e freqüentemente tristes. Sentiam a falta do Espírito de Deus. ------------------------Capítulo 56 -- Mentes não equilibradas TS1 293 1 Deus confiou a cada um de nós sagrados depósitos, pelos quais nos considera responsáveis. É desígnio Seu que eduquemos de tal modo a mente que sejamos aptos a exercitar os talentos que Ele nos deu de maneira a efetuar o máximo bem, e refletir a glória do Doador. A Deus somos devedores de todas as faculdades do espírito. Essas faculdades podem ser cultivadas, dirigidas e controladas de modo tão sábio, que realizem o desígnio para que nos foram concedidas. É dever educar a mente de modo a manifestar as energias da alma, e desenvolver cada faculdade. Quando todas as faculdades se acham em exercício, o intelecto será fortalecido, e o desígnio para que elas foram dadas terá seu cumprimento. TS1 293 2 Muitos não fazem a maior soma de bem, porque aplicam o intelecto em uma direção, negligenciando dar atenção às coisas para que julgam não ser aptos. Algumas faculdades fracas são assim deixadas inativas, porque não é agradável o trabalho que as chamaria à atividade e assim lhes daria vigor. Todas as energias da mente devem ser exercitadas, todas as faculdades cultivadas. A percepção, o discernimento, a memória, e todas as faculdades de raciocínio, devem ter igual vigor, a fim de que a mente seja bem equilibrada. TS1 293 3 Caso certas faculdades sejam usadas em detrimento de outras, não se cumpre plenamente o objetivo de Deus em nós; pois todas essas faculdades têm que ver umas com as outras, e são em alto grau interdependentes. Uma não pode ser eficientemente usada sem o funcionamento de todas, para que se possa manter cuidadosamente o equilíbrio. Se se der toda a atenção e força a uma delas, enquanto as outras jazem adormecidas, aquela se desenvolverá vigorosamente, e levará a extremos, visto nem todas haverem sido cultivadas. Algumas mentes são atrofiadas, e não devidamente equilibradas. Naturalmente todas as mentes não são constituídas da mesma maneira. Temos mentes de várias espécies; algumas são fortes em certos pontos, e muito fracas em outros. Estas deficiências, tão evidentes, não precisam, nem devem existir. Se os que as possuem fortalecessem os pontos fracos de seu caráter mediante cultivo e exercício, eles se tornariam fortes. TS1 294 1 É agradável, mas não muito proveitoso exercitar as faculdades naturalmente mais vigorosas, ao passo que negligenciamos as fracas, mas que necessitam ser cultivadas. As mais débeis devem receber a devida atenção, para que todas as faculdades do intelecto sejam bem equilibradas, fazendo todas sua parte como um maquinismo bem regulado. Dependemos de Deus para a conservação de todas as nossas faculdades. Os cristãos estão para com Ele na obrigação de exercitar a mente de maneira que todas as faculdades sejam fortalecidas, e desenvolvidas em maior plenitude. Se isto negligenciamos, elas nunca realizarão o desígnio para que foram destinadas. TS1 294 2 Não temos o direito de negligenciar nenhuma dessas faculdades a nós dadas por Deus. Vemos por toda parte pessoas obsessivas. São freqüentemente sadias, em todos os sentidos menos um. A razão disso é que um órgão da mente foi mais exercitado ao passo que os outros foram deixados adormecidos. Aquele que esteve em uso constante tornou-se gasto, enfermo, e o homem tornou-se uma ruína. Deus não é glorificado com essa atitude. Houvesse tal pessoa cultivado todos os órgãos igualmente, e todos teriam saudável desenvolvimento; não haveria sido lançada sobre um todo o trabalho, e portanto nenhum se haveria esgotado. Uma advertência aos pastores TS1 294 3 Os pastores devem guardar-se, não venham a impedir os desígnios de Deus por causa de seus próprios planos. Eles se acham em risco de oposição à obra de Deus, de limitarem seus labores a certas localidades, e não cultivarem especial interesse por essa divina obra em todos os seus vários departamentos. Alguns há que concentram a mente sobre um assunto, com exclusão de outros, que podem ser de igual importância. São homens de uma única idéia. Todas as energias de seu ser são concentradas no assunto sobre que sua mente é exercitada na ocasião. Todas as outras considerações são perdidas de vista. Esse tema favorito é a preocupação de seus pensamentos e o assunto de sua conversa. Toda prova que tiver relação com esse assunto, é ansiosamente agarrada e aplicada, e tanto demoram nisso, que as mentes se fatigam em acompanhá-los. TS1 295 1 Perde-se freqüentemente tempo em explicar pontos da verdade sem importância, e que poderiam ser considerados certos, sem apresentação de tantas provas; pois demonstram-se por si mesmos. Mas aqueles que são reais, vitais, devem-se tornar tão claros e convincentes quanto os puderem fazer a linguagem e as provas. O poder de concentrar a mente em um assunto com exclusão de outros, é bom até certo ponto; o constante exercício dela, porém, gasta os órgãos chamados a esse trabalho; isto lança grande sobrecarga sobre eles, e o resultado é o fracasso em realizar a máxima quantidade de bem. O desgaste principal fica sobre determinada série de órgãos, enquanto os demais permanecem inativos. A mente não pode assim ser saudavelmente exercitada, e em conseqüência, é abreviada a vida. Todas as faculdades devem executar parte do trabalho colaborando harmoniosamente, equilibrando-se uma à outra. Os que põem toda a energia de seu cérebro em um só assunto, são grandemente deficientes em outros pontos, pela razão de que as faculdades não são cultivadas eqüitativamente. O assunto que está perante eles prende-lhes a atenção, e são levados sempre avante, e penetram cada vez mais profundamente na questão. Vêem conhecimento e clareza ao se interessarem e absorverem. Poucas, porém, são as cabeças que os podem acompanhar, a menos que tenham dado ao assunto a mesma profundeza de pensamento. Há perigo de que esses homens arem, e plantem a semente da verdade tão fundo, que a tenra e preciosa haste jamais venha à superfície. TS1 295 2 Faz-se muitas vezes muito trabalho árduo que não é requerido, e que não será apreciado. Caso os que têm grande poder de concentração cultivem essa faculdade com negligência de outras, não poderão possuir mentes bem proporcionadas. Assemelham-se às máquinas em que apenas um jogo de rodas funciona em determinado tempo. Enquanto algumas rodas se enferrujam por inatividade, outras se gastam por uso contínuo. Os homens que cultivam uma ou duas faculdades, e não exercitam todas igualmente, não podem realizar metade do bem que Deus designava que fizessem no mundo. São homens unilaterais; apenas metade da capacidade que Deus lhes deu é posta em uso, ao passo que a outra fica enferrujando na inatividade. TS1 296 1 Caso essa classe de mentalidades tenha uma obra especial a exigir consideração, não deve exercitar todas as suas energias naquele único ponto, com exclusão de todos os outros interesses. Ao passo que tornem o assunto em consideração o objeto principal, outros ramos da obra devem merecer-lhes parte do tempo. Isto seria muito melhor para eles próprios, e para a causa em geral. Um dos ramos da obra não deve receber atenção absoluta, com exclusão de todos os outros. TS1 296 2 Em seus escritos, alguns precisam guardar-se constantemente quanto a não obscurecerem pontos que são evidentes, com o amontoarem sobre eles muitos argumentos que não têm vivo interesse para o leitor. Se eles se detêm tediosamente sobre certos pontos, dando todo pormenor que lhes ocorre à mente, seu trabalho fica por assim dizer perdido. O interesse do leitor não será suficientemente profundo para seguir o assunto até ao fim. Os pontos mais essenciais da verdade podem ser tornados indistintos com o dar-se atenção a todo pequenino pormenor. Abrange-se muito terreno; mas a obra em que se emprega tanto labor, não é calculada a realizar a maior soma de benefício, despertando o interesse geral. TS1 296 3 Nesta época em que as fábulas agradáveis andam flutuando no ambiente e atraindo a mente, a verdade apresentada em estilo fácil, corroborada com poucas vigorosas provas, é melhor que buscar e fazer uma série avassaladora de demonstrações; pois então o ponto não fica tão claro em muitas mentes como antes de as objeções e evidências lhes serem apresentadas. Para muitos, as afirmações têm mais eficácia que as longas argumentações. Tomam muita coisa por certa. As provas não ajudam o caso no espírito de pessoas assim. ------------------------Capítulo 57 -- Fidelidade nos deveres domésticos TS1 297 1 Prezada irmã O.: Penso que a irmã não é feliz. Buscando alguma grande obra a fazer, passa por alto deveres do momento, que lhe estão bem no caminho. A irmã não é feliz, porque olha acima dos pequeninos deveres diários da vida, a qualquer obra mais elevada e maior a realizar. Acha-se inquieta, incomodada e descontente. A irmã gosta mais de mandar do que de executar. Mais de dizer a outros o que fazer, do que de, com pronta satisfação, tomar e fazer a irmã mesma. TS1 297 2 A irmã poderia haver tornado a casa de seu pai mais feliz se houvesse consultado menos suas inclinações, e mais à felicidade dos outros. Quando empenhada nos deveres comuns da vida, a irmã deixa de pôr nesse trabalho o coração. Sua mente busca adiante e além uma obra mais aprazível, elevada e honrosa. Alguém precisa fazer justamente essas coisas em que a irmã não encontra prazer, e de que até se desgosta. Esses simples deveres, caso sejam cumpridos com boa vontade e fidelidade, proporcionar-lhe-ão a educação necessária a vir a amar os deveres domésticos. Eis uma experiência que lhe é altamente essencial obter, mas que a irmã não aprecia. Queixa-se de sua sorte, tornando assim infelizes os que a rodeiam, e sofrendo por sua vez grande prejuízo. Talvez a irmã nunca venha a ser chamada a fazer um trabalho que a ponha diante do público. Mas todo serviço que fazemos, e que é necessário ser feito, seja lavar louça, pôr a mesa, cuidar de um doente, cozinhar ou lavar, é de importância moral; e enquanto a irmã não puder lançar mão desses deveres satisfeita e feliz, não está apta para deveres maiores e mais elevados. As humildes tarefas que estão diante de nós, devem ser executadas por alguém; os que as fazem devem sentir estarem realizando uma obra necessária e honrosa, e que em sua missão, por humilde que seja, estão fazendo a obra de Deus, tão certo como o estava Gabriel quando enviado aos profetas. Todos, em suas respectivas esferas, estão trabalhando por sua ordem. As mulheres em seu lar, cumprindo os simples deveres da vida que precisam ser atendidos, podem e devem manifestar fidelidade, obediência e amor tão sinceros como os anjos em sua esfera. A conformidade com a vontade de Deus torna qualquer obra que precise ser feita uma tarefa honrosa. TS1 298 1 O que a irmã precisa, é manifestar amor e afeto. Seu caráter necessita ser moldado. Cumpre pôr de lado sua ansiedade e, em lugar dela, cultivar gentileza e amor. Negue-se a si mesma. Não fomos criados anjos, mas inferiores aos anjos; todavia nossa obra é importante. Não nos achamos no Céu, mas na Terra. Quando lá estivermos, seremos então habilitados a fazer a elevada e enobrecedora obra do Céu. É aqui neste mundo que nos cumpre ser experimentados e provados. Precisamos estar armados para o conflito e o dever. TS1 298 2 O mais alto dever que pesa sobre a juventude é o que lhe fica no próprio lar, sendo uma bênção ao pai e à mãe, aos irmãos e irmãs, mediante afeição e verdadeiro interesse. Aí podem eles manifestar abnegação e desprendimento de si mesmos no cuidado e serviço por outros. Jamais será a mulher rebaixada por esta obra. É o mais sagrado e elevado cargo que ela pode preencher. Que influência pode uma irmã exercer sobre os irmãos! Se ela for reta, poderá determinar o caráter deles! Suas orações, sua gentileza e afeição muito podem efetuar no ambiente da família. Minha irmã, essas nobres qualidades nunca poderão ser comunicadas a outras pessoas a menos que existam primeiro em você. Aquele contentamento de espírito, aquela disposição de ânimo, gentileza e temperamento radiante que cativarão todos os corações, refletirão sobre seu coração aquilo que dispensa aos outros. Se Cristo não reina no coração, haverá descontentamento e deformidade moral. O egoísmo reclamará dos outros aquilo que não estamos dispostos a dar-lhes. Se Cristo não estiver no coração, o caráter será desagradável. TS1 299 1 Não é apenas uma grande obra e grandes batalhas que provam a alma e requerem coragem. A vida diária traz suas perplexidades, provações e desânimos. É o trabalho humilde que com freqüência estimula a paciência e a constância. São necessárias confiança em si mesmo e resolução para enfrentar e vencer as dificuldades. Assegure-se de que o Senhor esteja com você para em toda situação ser seu consolo e conforto. "Um espírito manso e quieto" (1 Pedro 3:4), eis de que muito necessita, e sem isto não poderá ser feliz. Que Deus a ajude, minha irmã, a buscar a mansidão e a justiça. Você necessita simplesmente do Espírito de Deus. Caso esteja disposta a ser qualquer coisa ou a não ser nada, Deus a ajudará, e fortalecerá e abençoará. Mas, se negligenciar os pequenos deveres, nunca lhe serão confiados os maiores. ------------------------Capítulo 58 -- Pensamentos vãos TS1 300 1 Todos os vossos atos, por mais secretos que julgueis haverem eles sido, acham-se abertos perante vosso Pai celestial. Coisa alguma é oculta, coisa alguma se acha encoberta. Todos os vossos atos e os motivos que os impulsionaram, estão a descoberto aos Seus olhos. Ele tem pleno conhecimento de todas as vossas palavras e pensamentos. Cumpre-vos reger os pensamentos e as ações. Tendes de combater a vã imaginação. Talvez penseis que não pode haver pecado em permitir que os pensamentos sigam seu curso natural, sem restrição. Não é assim, porém. Sois responsáveis diante de Deus pela condescendência com os pensamentos vãos; pois das vãs imaginações surge a prática do pecado, o praticar realmente essas coisas em que a mente se tem demorado. Governai vossos pensamentos, e ser-vos-á muito fácil reger as ações. TS1 300 2 Vossos pensamentos precisam ser santificados. Paulo escreve aos coríntios: "Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo." 2 Coríntios 10:5. Ao chegardes a estas condições, a obra de consagração vos será a ambos mais compreensível. Vossos pensamentos serão puros, castos e elevados; puras e santas as ações. Conservareis o corpo em santificação e honra, a fim de que o apresenteis em "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". Romanos 12:1. Requer-se de vós que vos negueis a vós mesmos nas coisas pequenas, assim como nas maiores. Deveis fazer a Deus uma completa entrega; não tendes Sua aprovação no estado em que vos encontrais. ... TS1 301 1 A fim de corresponder às grandes finalidades da vida, cumpre-vos evitar o exemplo daqueles que buscam seu próprio prazer e satisfação, e não têm diante de si o temor de Deus. Deus tem tomado amplas providências em vosso favor. Tem providenciado para que, se cumprirdes as condições estabelecidas em Sua Palavra, e vos separardes do mundo, possais receber dEle força para reprimir toda influência degradante, e desenvolver o que é nobre, bom e elevado. Cristo será em vós "uma fonte de água que salte para a vida eterna". João 4:14. A vontade, o intelecto e toda emoção, quando controlados pelo sentimento religioso, têm um poder transformador. ------------------------Capítulo 59 -- Consideração para com os que erram TS1 302 1 Se depois de haver alguém, em seu entender, feito o máximo ao seu alcance, outro pensa que ele deveria ter feito melhor, deve bondosa e pacientemente dar ao irmão o benefício de seu discernimento, mas não censurá-lo nem pôr em dúvida sua integridade de propósito, como não quereria que outros dele suspeitassem ou injustamente o censurassem. Se o irmão que tem no coração a causa de Deus vê que cometeu um erro, apesar de seus mais zelosos esforços no executá-la, sentirá profundamente o caso; pois tenderá a desconfiar de si próprio, perder a confiança no próprio discernimento. Coisa alguma lhe enfraquecerá tanto o ânimo e a varonilidade a ele conferida por Deus, como compreender seus erros na obra que o Senhor lhe designou, obra que ele ama acima da própria vida. Quão injusto é, pois, que seus irmãos, descobrindo-lhe os erros, fiquem a comprimir o espinho cada vez mais fundo em seu coração, para fazê-lo sentir mais intensamente, quando, a cada nova aguilhoada o estão fazendo perder a fé e o ânimo, e a confiança em si mesmo para trabalhar com êxito na edificação da causa de Deus! TS1 303 2 Freqüentemente tem-se de dizer claramente a verdade e os fatos aos que erram, a fim de os levar a verem e sentirem o erro, para que se reformem. Mas isto deve ser feito sempre com piedosa delicadeza, não com aspereza ou severidade, mas considerando a própria fraqueza, não seja ele próprio tentado também. Quando a pessoa em falta vê e reconhece seu erro, então, em vez de entristecê-la e fazer com que a pessoa o sinta mais profundamente, deve-se dar conforto. No sermão de Cristo no monte, Ele disse: "Não julgueis, para que não sejais julgados. TS1 303 3 Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:1, 2. Nosso Salvador reprovou o juízo precipitado. "Por que reparas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?" Mateus 7:3. Dá-se freqüentemente que, ao passo que uma pessoa é pronta a discernir os erros de seus irmãos, talvez esteja em maior falta ela mesma, mas se ache cega a isso. TS1 303 1 Todos os que somos seguidores de Cristo devemos tratar com os outros da mesma maneira que desejamos que o Senhor trate conosco em nossos erros e fraquezas, pois todos erramos, e precisamos de Sua compaixão e perdão. Jesus consentiu em tomar a natureza humana, a fim de saber como compadecer-Se e interceder junto de Seu Pai em favor dos pecadores e errantes mortais. Ele Se prontificou a tornar-Se o advogado do homem, e humilhou-Se para familiarizar-Se com as tentações pelas quais o homem era assaltado, para que pudesse socorrer os que fossem tentados, e ser um sumo sacerdote compassivo e fiel. TS1 303 2 Muitas vezes há necessidade de repreender positivamente o pecado e reprovar o erro. Mas os pastores que trabalham pela salvação de seus semelhantes, não devem ser inclementes para com os erros uns dos outros, nem salientar os defeitos existentes em suas organizações. Não devem expor ou reprovar suas fraquezas. Devem verificar se tal procedimento da parte de outro para com eles produziria o desejado efeito; aumentaria isto seu amor para com aquele que lhes patenteasse as faltas, e promoveria sua confiança nele? Especialmente os erros dos pastores empenhados na obra de Deus devem ser conservados dentro do menor círculo possível, pois há muitas pessoas fracas que disso se prevalecerão, caso saibam que aqueles que ministram na palavra e na doutrina têm fraquezas como os outros homens. Coisa mui cruel é serem as faltas de um pastor expostas a descrentes, caso seja ele considerado digno de trabalhar futuramente pela salvação de almas. Bem algum pode vir de assim o expor, mas unicamente mal. O Senhor Se desagrada com essa atitude, pois ela destrói a confiança do povo naqueles que Ele aceita para levarem avante Sua obra. TS1 304 1 O caráter de todo coobreiro deve ser zelosamente guardado pelos irmãos do ministério. Disse Deus: "Não toqueis nos Meus ungidos, e não maltrateis os Meus profetas." 1 Crônicas 16:22; Salmos 105:15. Cumpre nutrir amor e confiança. A falta desse amor e confiança em um pastor para com outro, não aumenta a felicidade daquele que é nisso deficiente mas, ao tornar seu irmão infeliz, fica-o ele próprio também. Há maior poder no amor, do que jamais se encontrou na censura. O amor abrirá caminho por entre barreiras, ao passo que a censura fechará toda entrada da alma. ------------------------Capítulo 60 -- Parábolas dos perdidos A ovelha perdida TS1 305 1 Minha atenção foi chamada para a parábola da ovelha perdida. As noventa e nove ovelhas são deixadas no deserto, e começa a busca daquela que se extraviou. Ao encontrar a ovelha perdida, o pastor suspende-a aos ombros, e volta cheio de regozijo. Não volta murmurando e censurando a pobre ovelha perdida por haver-lhe causado tanta dificuldade; pelo contrário, com júbilo ela é carregada. TS1 305 2 E uma demonstração ainda maior de alegria é exigida. Os amigos e vizinhos são convocados para se alegrarem com o que a encontrou, "porque já achei a minha ovelha perdida". Lucas 15:6. O encontro era o motivo de regozijo; não se demorava no fato do extravio; pois a alegria de encontrar a ovelha superava a dor da perda e do cuidado, a perplexidade e o perigo enfrentados na busca da ovelha perdida, e no restituí-la à segurança. "Digo-vos que assim haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." Lucas 15:6, 7. A dracma perdida TS1 305 3 A dracma perdida destina-se a representar o pecador errante, extraviado. O cuidado da mulher para achar a moeda perdida, destina-se a ensinar aos seguidores de Cristo uma lição quanto a seu dever para com os errantes que andam extraviados do caminho reto. A mulher acendeu a vela a fim de aumentar a luz, e depois varreu a casa, e procurou diligentemente até encontrá-la. TS1 305 4 Aqui se define claramente o dever dos cristãos para com os que necessitam auxílio devido a se desviarem de Deus. Os errantes não devem ser deixados em trevas e no erro, mas cumpre empregar todos os meios possíveis para os trazer novamente para a luz. Acende-se a vela; e, com fervorosa oração para que a luz celeste vá ao encontro daqueles que se acham circundados de trevas e incredulidade, examina-se a Palavra de Deus em busca dos claros pontos da verdade, para que os cristãos fiquem por tal modo fortalecidos com argumentos da Sagrada Escritura, com suas reprovações, ameaças e animações, que os desviados sejam alcançados. A indiferença ou a negligência atrairá o desagrado de Deus. TS1 306 1 Quando a mulher encontrou a moeda, convocou suas amigas e vizinhas, dizendo: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende." Lucas 15:9, 10. Se os anjos de Deus se regozijam pelo errante que vê e confessa suas culpas, e volve à comunhão dos irmãos, quanto mais se devem os seguidores de Cristo, eles próprios faltosos e dia a dia necessitados do perdão de Deus e dos irmãos, alegrar com a volta de um irmão ou irmã que foi iludido pelos enganos de Satanás, e seguiu uma direção errada, e sofreu por causa disto! TS1 306 2 Em vez de manter os culpados longe, seus irmãos devem ir ao encontro deles onde estão. Em vez de criticá-los por se acharem em trevas, devem acender a própria lâmpada mediante a obtenção de mais graça divina e melhor conhecimento das Escrituras, a fim de dissiparem a escuridão dos que estão em erro pela luz que lhes levem. E quando são bem-sucedidos, e os errantes sentem as próprias culpas e se submetem para seguir a luz, devem ser recebidos com alegria, e não com espírito de murmuração, ou com empenho de impressioná-los com o sentimento de sua grande pecaminosidade, que demandará extraordinário esforço, ansiedade e penoso labor. Se os puros anjos de Deus saúdam o acontecimento com alegria, quanto mais o deveriam fazer seus irmãos, que necessitam, eles próprios, de compaixão, amor e auxílio quando erram e, em trevas, não sabem como se valer a si mesmos! O filho pródigo TS1 307 1 Minha atenção foi chamada para a parábola do filho pródigo. Ele solicitou do pai que lhe desse sua parte da herança. Desejava separar os próprios interesses dos de seu pai, dirigindo o que lhe cabia segundo as suas inclinações. O pai satisfez o pedido, e o filho afastou-se egoistamente, de modo a não ser perturbado com seus conselhos ou reprovações. TS1 307 2 O filho achou que seria feliz quando lhe fosse dado empregar sua parte como lhe aprouvesse, sem ser incomodado com advertências ou restrições. Não queria ser perturbado com obrigações mútuas. Caso partilhasse dos bens de seu pai, este teria direitos sobre ele como filho. Ele, porém, não se sentia sob qualquer obrigação para com aquele generoso pai, e fortaleceu seu espírito egoísta e rebelde com o pensamento de que uma parte da propriedade paterna lhe pertencia. Reclamou seu quinhão quando, de direito, não podia reclamar nada, nem devia receber coisa alguma. TS1 307 3 Depois de seu coração egoísta haver recebido o tesouro, que tão pouco merecia, retirou-se para longe, de seu pai, a fim de esquecer até que possuía um pai. Menosprezava a restrição, e estava inteiramente determinado a desfrutar por todos os meios e modos que quisesse. Havendo, com seus prazeres pecaminosos, gasto tudo quanto o pai lhe havia dado, a terra foi flagelada por uma fome, e ele veio a sofrer extrema miséria. Começou então a lamentar os pecaminosos caminhos de extravagantes prazeres em que andara; pois achava-se desamparado, carecido dos meios que esbanjara. Viu-se obrigado a descer da vida de pecaminosa satisfação em que vivia, ao baixo mister de guardador de porcos. TS1 307 4 Havendo descido o mais baixo que era possível, pensou na bondade e no amor de seu pai. Sentiu então a necessidade que tinha dele. Trouxera sobre si a situação em que se encontrava, destituído de amigos e de todo recurso. Sua própria desobediência e pecado dera em resultado o separar-se de seu pai. Pensou nos privilégios e na abundância de que fruíam livremente os servos assalariados da casa paterna, ao passo que ele, que se alienara da mesma, perecia de fome. Humilhado pela adversidade, decidiu volver ao pai com humilde confissão. Era um mendigo, destituído de roupas confortáveis, ou decentes sequer. A falta de meios o reduzira a um estado miserável, e achava-se macilento por causa da fome. O amor do pai TS1 308 1 Ainda a certa distância de casa, o pai avistou o caminhante, e seu primeiro pensamento foi aquele filho rebelde que o abandonara anos antes a fim de seguir uma desenfreada carreira de pecado. O sentimento paternal agitou-se dentro dele. Não obstante todos os sinais de sua degradação, o pai nele divisou a própria imagem. Não esperou que o filho percorresse toda a distância até onde ele estava, mas apressou-se a ir-lhe ao encontro. Não o censurou por, em conseqüência de sua própria direção de pecado, haver trazido sobre si tanto sofrimento, antes com a mais terna piedade e compaixão apressou-se a dar-lhe provas de seu amor, e testemunho do perdão que lhe concedia. TS1 308 2 Se bem que o filho estivesse pálido e a fisionomia indicasse plenamente a vida dissoluta que levara, embora vestisse os trapos do mendigo, e tivesse os pés nus cobertos pela poeira dos caminhos, despertou-se no pai a mais terna piedade ao vê-lo prostrar-se diante dele em humildade. Não recuou, em sua dignidade; não se mostrou exigente. Não expôs diante do filho seus passados caminhos de erro e de pecados, a fim de fazê-lo ver quão baixo imergira. Ergueu-o, e beijou-o. Apertou ao peito o filho rebelde, envolvendo-lhe o corpo quase nu com seu próprio e rico manto. Tomou-o ao coração com tal calor, e demonstrou tal piedade que, se o filho já duvidara da bondade e do amor de seu pai, não mais poderia fazê-lo. Se, ao decidir volver à casa paterna, experimentava um senso de pecado, muito mais profundo foi o sentimento de sua ingratidão ao ser recebido assim. Seu coração, antes rendido, estava agora quebrantado por haver ofendido o amor daquele pai. TS1 309 1 O arrependido e tremente filho, que temera grandemente ser renegado, não se achava preparado para tal recepção. Sabia que a não merecia, e assim reconheceu seu pecado em deixar o pai: "Pequei contra o Céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho." Lucas 15:21. Rogou apenas que fosse considerado como um servo assalariado. O pai, porém, solicitou dos servos que lhe dessem provas especiais de respeito, e o vestissem como se houvesse sido sempre um filho obediente. O irmão enciumado TS1 309 2 O pai tornou a volta de seu filho uma ocasião de regozijo especial. O filho mais velho, que se achava no campo, nada sabia acerca do regresso do irmão, mas ouviu as gerais demonstrações de alegria, e indagou dos servos o que significava tudo aquilo. Foi-lhe explicado que seu irmão, julgado morto, voltara, e que o pai matara o bezerro cevado por causa dele, pois o recebera como um morto que revive. TS1 309 3 Então o irmão se zangou, e não queria entrar para ver e receber ao que chegara. Indignou-se porque esse indigno irmão, que abandonara o pai e lançara sobre ele o pesado fardo de cumprir os deveres que deveriam haver sido partilhados por ambos, fosse agora recebido com tantas honras. Esse irmão seguira um procedimento ímpio e dissoluto, desperdiçando os meios que seu pai lhe dera até ficar reduzido à penúria, enquanto ele cumprira fielmente em casa os deveres de um filho; esse libertino vem para a casa de seu pai, e é recebido com respeito e honras acima de tudo quanto ele próprio já recebera. TS1 309 4 O pai rogou ao filho mais velho que fosse e recebesse seu irmão com alegria, pois ele estava perdido e fora achado; estava morto em pecado e iniqüidade, mas achava-se novamente vivo; volvera ao senso moral, e aborrecia agora o caminho de pecado que seguira. O filho mais velho, porém, alega: "Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado." Lucas 15:29, 30. TS1 310 1 O pai afirmou ao filho que ele estava sempre em sua companhia, e tudo quanto lhe pertencia era seu, do filho, mas que era justo que mostrassem agora essa alegria, pois "este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se". Lucas 15:32. O fato de o perdido ser achado, o morto estar vivo, supera todas as outras considerações por parte do pai. TS1 310 2 Esta parábola foi dada por Cristo a fim de representar a maneira em que nosso Pai recebe o errante e arrependido. É contra o pai que se comete o pecado; todavia, ele, na compaixão de sua alma, cheio de piedade e perdão, vai ao encontro do pródigo e manifesta sua grande alegria por seu filho, que ele acreditava morto para todas as afeições filiais, se haver tornado sensível a seu grande pecado e negligência, e voltar para o pai apreciando-lhe o amor, e reconhecendo-lhe os direitos. Sabe que o filho que seguiu a senda do pecado e agora se arrepende, necessita de sua piedade e seu amor. Este filho sofreu; sentiu sua necessidade, e veio ter com o pai como aquele que, unicamente, lhe pode suprir essa grande necessidade. TS1 310 3 A volta do filho pródigo era causa de maior alegria. Eram naturais as queixas do irmão mais velho, mas não eram justas. Todavia é esta freqüentemente a atitude que irmão segue para com irmão. Há demasiado esforço para fazer os culpados reconhecerem onde erraram, e ficar lembrando-lhes os erros que cometeram. Os que caíram em falta precisam de piedade, precisam de auxílio, de simpatia. Eles sofrem em seus sentimentos, e acham-se com freqüência abatidos e acabrunhados. O que eles necessitam acima de tudo o mais, é de inteiro perdão. ------------------------Capítulo 61 -- O trigo e o joio TS1 311 1 Em outra parábola apresentada por Jesus aos discípulos, Ele comparou o reino do Céu a um campo em que um homem semeara boa semente, mas no qual, enquanto ele dormia, o inimigo semeou joio. Foi dirigida ao pai de família a pergunta: "Não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem então joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Porém ele lhes disse: Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro." Mateus 13:27-30. Caso houvesse sido mantida fidelidade e vigilância, se não tivesse havido sono ou negligência por parte de alguém, o inimigo não teria tido tão favorável ensejo de semear joio entre o trigo. Satanás nunca dorme. Está vigilante, e aproveita toda a oportunidade para fazer seus agentes disseminarem erros que encontram solo propício em muitos corações não santificados. TS1 311 2 Os sinceros crentes na verdade são entristecidos, e suas provas e aflições grandemente aumentadas, pelos elementos que entre eles os aborrecem, desalentam e desanimam em seus esforços. Mas o Senhor queria ensinar a Seus servos uma lição de grande cuidado em todos os seus passos. "Deixai crescer ambos juntos." Mateus 13:30. Não arranqueis à força o joio para que, ao arrancá-lo, não aconteça que as preciosas hastes venham a soltar-se. Tanto os pastores como os membros da igreja devem ser muito cautelosos; que não nutram um zelo não segundo o entendimento. Há perigo de fazer-se na igreja demasiado para curar dificuldades que, deixadas em paz, curar-se-ão muitas vezes por si mesmas. É mau o método de tratar em qualquer igreja os assuntos prematuramente. Cumpre-nos exercer o maior cuidado, paciência e domínio sobre nós mesmos, para suportar essas coisas, e não agir por impulso, para as pôr em ordem. TS1 312 1 A obra realizada em _____ foi prematura, e ocasionou inoportuna separação naquela igrejinha. Se os servos de Deus pudessem ter apreendido a força da lição de nosso Salvador na parábola do trigo e do joio, não haveriam empreendido a obra que fizeram. Antes de se darem passos que forneçam, mesmo aos que são de todo indignos, a mínima ocasião de se queixarem de haver sido separados da igreja, o assunto dever ser sempre tornado objeto do mais cuidadoso estudo e fervorosa oração. TS1 312 2 Foram em _____ dados passos que criaram um partido de oposição. Alguns eram ouvintes da beira do caminho; outros ouvintes do terreno pedregoso; e ainda outros eram daquela classe que recebia a verdade enquanto o coração tinha uma vegetação de espinhos de molde a sufocar a boa semente; estes nunca teriam caráter cristão aperfeiçoado. Havia, porém, alguns que poderiam haver sido nutridos e fortalecidos, e se poderiam ter firmado e estabilizado na verdade. As atitudes tomadas pelos irmãos R e S, porém, trouxeram uma crise prematura, e depois houve falta de sabedoria e discernimento no lidar com a facção. TS1 312 3 Se as pessoas forem tão merecedoras de ser separadas da igreja como Satanás o foi de ser expulso do Céu, terão quem lhes tome as dores. Há sempre uma classe que é mais influenciada por indivíduos, do que pelo Espírito de Deus e pelos sãos princípios; e, em seu estado não consagrado, essas pessoas estão sempre prontas a tomar o partido do erro, e pôr a compaixão e simpatia juntamente com os que menos a merecem. Esses simpatizantes exercem poderosa influência sobre outros; vêem-se as coisas sob um aspecto errado, ocasiona-se grande mal, e muitas são as almas arruinadas. Satanás em sua rebelião, levou consigo a terça parte dos anjos. Desviaram-se do Pai e de Seu Filho, e uniram-se ao instigador da rebelião. Tendo esses fatos diante de nós, cumpre-nos agir com a maior cautela. Que podemos esperar senão provação e perplexidade em nossas relações com homens e mulheres de espíritos peculiares? Precisamos suportá-lo, e evitar a necessidade de arrancar o joio, não aconteça que o trigo seja extirpado também. A bênção das provações e adversidades TS1 313 1 "No mundo tereis aflições", disse Cristo; mas em Mim tereis paz. As provas a que os cristãos são submetidos em aflição, adversidade e ignomínia, são os meios indicados por Deus para separar a palha do trigo. Nosso orgulho, egoísmo, ruins paixões e amor dos prazeres mundanos, precisam todos ser vencidos; portanto, Deus nos envia aflições para nos experimentar e provar, e mostrar-nos que esses males existem em nosso caráter. Cumpre-nos vencê-los mediante a força e graça que nos dá, a fim de sermos participantes da natureza divina, havendo escapado à corrupção que, pela concupiscência, há no mundo. "Porque a nossa leve e momentânea tribulação", diz Paulo, "produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem; mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas." 2 Coríntios 4:17, 18. Aflições, cruzes, tentações, adversidades e nossas várias provações, são os agentes divinos para nos purificar, santificar e preparar-nos para o celeiro celeste. TS1 313 2 Os danos causados à verdade por atitudes prematuras jamais podem ser plenamente reparados. A causa de Deus em _____ não tem avançado como poderia, e não será vista pelo povo em tão favorável aspecto como antes de se fazer essa obra. Há freqüentemente entre nós pessoas cuja influência parece ser simplesmente nula. Sua vida parece inútil; tornam-se, porém, rebeldes e combativas, e se fazem zelosas obreiras de Satanás. Essa obra está mais em harmonia com os sentimentos do coração natural. Grande é a necessidade de auto-exame e de oração particular. Deus prometeu sabedoria àqueles que Lha pedirem. O trabalho missionário é muitas vezes realizado por pessoas não preparadas para a obra. Cultiva-se o zelo exterior, ao passo que a oração íntima é negligenciada. Assim sendo, causa-se muito mal, pois esses obreiros buscam regular a consciência dos outros por sua própria regra. Há necessidade de muito domínio próprio. As palavras precipitadas suscitam contenda. O irmão S acha-se em risco de condescender com um espírito de crítica incisiva. Isto não convém aos pregadores da justiça. TS1 314 1 Irmão S, o irmão tem muito a aprender. Tem havido de sua parte a inclinação de responsabilizar o irmão W., por seus fracassos e desânimos; inquirindo-se, porém, intimamente os seus motivos e sua maneira de proceder, verificar-se-ia haver, no próprio irmão, outras causas para esses desânimos. Seguir a inclinação de seu coração natural, leva-o à servidão. O espírito severo, torturante, com que o irmão condescende por vezes, destrói-lhe a influência. O irmão tem uma obra a fazer em seu próprio benefício, obra que nenhuma outra pessoa pode realizar em seu favor. Cada um tem de dar contas de si mesmo a Deus. Ele nos deu Sua lei como um espelho a que podemos olhar e descobrir os defeitos existentes em nosso caráter. Não devemos olhar a esse espelho com o fito de vermos os defeitos de nosso semelhante ali refletidos, de ver se ele atinge a norma, mas ver os defeitos que há em nós mesmos, a fim de que os possamos remover. Não é o conhecimento tudo de que necessitamos; cumpre-nos seguir a luz. Não somos deixados a escolher por nós mesmos, e obedecer ao que nos agrada, e desobedecer quando isto nos for mais conveniente. Obedecer é melhor do que sacrificar. ------------------------Capítulo 62 -- A educação ideal TS1 315 1 A mais bela obra já empreendida por homens e mulheres, é lidar com espíritos jovens. O máximo cuidado deve ser tomado, na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte as nobres e elevadas faculdades da mente. Pais e mestres acham-se igualmente inaptos para educar devidamente as crianças, se não aprenderam primeiro a lição do domínio de si mesmos, a paciência, a tolerância, a brandura e o amor. Que importante posição para os pais, tutores e professores! Bem poucos há que compreendem as mais essenciais necessidades do espírito, e a maneira por que devem dirigir o intelecto em desenvolvimento, o pensar e sentir crescentes dos jovens. TS1 315 2 Há tempo para instruir as crianças, e tempo para educar a juventude, e é essencial que essas duas coisas sejam combinadas em alto grau na escola. As crianças podem ser preparadas para o serviço do pecado ou para o serviço da justiça. A educação em tenra idade molda-lhes o caráter tanto na vida secular, como na religiosa. Diz Salomão: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer, não se desviará dele." Provérbios 22:6. Esta linguagem é positiva. Esta instrução recomendada por Salomão é dirigir, educar e desenvolver. Para que os pais e mestres façam essa obra, devem eles próprios compreender "o caminho" em que a criança deve andar. Isto abrange mais que mero conhecimento de livros. Envolve tudo quanto é bom, virtuoso, justo e santo. Compreende a prática da temperança, da piedade, bondade fraternal, e amor para com Deus e de uns para com os outros. A fim de atingir a esse objetivo, é preciso dar atenção à educação física, mental, moral e religiosa da criança. TS1 316 1 A educação da criança, em casa e na escola, não deve ser como o ensino dos mudos animais; pois as crianças têm vontade inteligente, a qual deve ser dirigida de maneira a reger todas as suas faculdades. Os mudos animais devem ser exercitados, pois não possuem razão nem intelecto. À mente humana, porém, deve ser ensinado o domínio próprio. Ela deve ser educada a fim de governar o ser humano, ao passo que os animais são governados por um dono, e exercitados a ser-lhe submissos. O dono serve de mente, juízo e vontade para o animal. Uma criança pode ser ensinada de maneira a, como o animal, não ter vontade própria. Sua individualidade pode imergir na da pessoa que lhe dirige o ensino; sua vontade, para todos os intentos e desígnios, estar sujeita à de seu mestre. TS1 316 2 As crianças assim educadas serão sempre deficientes em energia moral e responsabilidade como indivíduos. Não foram ensinadas a agir movidas pela razão e por princípios; sua vontade foi controlada por outros, e a mente não foi chamada a expandir-se e fortalecer-se pelo exercício. Não foram dirigidas e disciplinadas com respeito a sua constituição peculiar, e a sua capacidade mental, de modo a desenvolverem as mais vigorosas faculdades da mente, quando necessário. Os professores não devem parar aí, mas dar atenção especial ao cultivo das faculdades mais débeis, para que todas sejam exercitadas, e levadas de um a outro grau de vigor, de modo que a mente atinja as devidas proporções. O ensino da confiança em si mesmo TS1 316 3 Muitas são as famílias com crianças que parecem bem educadas enquanto se encontram sob a disciplina; quando, porém, o sistema que as ligou a certas regras se rompe, parecem incapazes de pensar, agir ou decidir por si mesmas. Essas crianças estiveram por tanto tempo sob uma regra de ferro, sem permissão de pensar ou agir por si mesmas naquilo em que era perfeitamente próprio que o fizessem, que não têm confiança em si mesmas, para procederem segundo seu próprio discernimento, tendo opinião própria. E quando saem de sob a tutela dos pais para agirem por si mesmas, são facilmente levadas pelo juízo de outros a errôneas direções. Não têm estabilidade de caráter. Não foram deixadas em situação de usarem o próprio juízo na proporção em que isto fosse praticável, e portanto a mente não foi devidamente desenvolvida e fortalecida. Foram por tanto tempo inteiramente controladas pelos pais, que dependem inteiramente deles; estes são mente e discernimento para elas. TS1 317 1 Por outro lado os jovens não devem ser deixados a pensar e proceder independentemente do juízo de seus pais e mestres. As crianças devem ser ensinadas a respeitar o juízo da experiência, e serem guiadas pelos pais e professores. Sejam educadas de maneira que sua mente se ache unida com a dos pais e professores, e instruídas de modo a poderem ver a conveniência de atender a seus conselhos. Então, ao saírem de sob a mão guiadora deles, seu caráter não será como a cana agitada pelo vento. TS1 317 2 A rigorosa educação das crianças, sem lhes dirigir convenientemente o modo de pensar e proceder por si mesmas na medida que o permitam sua capacidade e as tendências da mente, para que assim elas se desenvolvam no pensar, nos sentimentos de respeito por si mesmas e na confiança na própria capacidade de executar, produzirá uma classe débil em força mental e moral. E quando se acham no mundo, para agir por si mesmas, revelarão o fato de que foram ensinadas, como os animais, e não educadas. Em vez de sua vontade ser dirigida, foi forçada à obediência mediante rude disciplina por parte dos pais e mestres. TS1 317 3 Os pais e professores que se gabam de ter completo domínio sobre a mente e a vontade das crianças sob seu cuidado, deixariam de gabar-se, caso pudessem acompanhar a vida futura das crianças que são assim postas em sujeição pela força ou o temor. Essas crianças acham-se quase de todo mal preparadas para partilhar das sérias responsabilidades da vida. Quando esses jovens não mais se encontram sob a influência de pais e mestres e se vêem forçados a pensar e agir por si mesmos, é quase certo tomarem uma direção errônea, e cederem ao poder da tentação. Não tornam esta vida um êxito, e as mesmas deficiências se manifestam em sua vida religiosa. Pudessem os instrutores de crianças e jovens ter traçado diante de si o futuro resultado de sua errada disciplina, e mudariam seu plano de educação. Aquela espécie de professores que se satisfaz com o manter quase inteiro domínio sobre a vontade dos alunos, não é a mais bem-sucedida, embora a aparência no momento seja lisonjeira. TS1 318 1 Nunca foi desígnio de Deus que a mente de uma pessoa esteja sob o completo domínio de outra. E os que se esforçam para fazer com que a individualidade de seus alunos venha a imergir na deles, e para lhes servirem de mente, vontade e consciência, assumem tremendas responsabilidades. Esses jovens podem, em certas ocasiões, parecer soldados bem disciplinados. Uma vez, porém, removida a restrição, ver-se-á a falta de ação independente oriunda de firmes princípios neles existentes. Os que tornam seu objetivo educar os alunos de maneira que estes vejam e sintam estar neles próprios o poder de formar homens e mulheres de sólidos princípios, habilitados para qualquer posição na vida, são os mestres mais úteis e de êxito permanente. Talvez sua obra não se mostre ao descuidoso observador sob o aspecto mais vantajoso, nem seja tão altamente apreciada como a dos mestres que dominam a mente e a vontade dos discípulos pela autoridade absoluta; a vida futura dos alunos, porém, manifestará os frutos do melhor sistema de educação. TS1 318 2 Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. Mantêm-se com frequência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração dos educandos. Caso reunissem as crianças junto de si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em seus esportes, tornando-se por vezes uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. TS1 319 1 Os hábitos e princípios de um professor devem ser considerados ainda de maior importância que suas habilitações do ponto de vista da instrução. Se ele é um cristão sincero, sentirá a necessidade de manter interesse igual na educação física, mental, moral e espiritual de seus discípulos. A fim de exercer a devida influência, cumpre-lhe ter perfeito domínio sobre si mesmo, e o próprio coração possuído de abundância de amor para com os alunos -- amor que se manifestará em sua expressão, nas palavras e nos atos. Ele precisa ter firmeza de caráter, e então poderá moldar a mente dos alunos, da mesma maneira que os instruir nas ciências. A primeira educação dos pequenos molda-lhes, em geral, o caráter para a vida. Os que lidam com a infância devem ser muito cuidadosos em despertar as qualidades do espírito, a fim de melhor saberem como lhes dirigir as faculdades para serem exercitadas da maneira mais proveitosa. ------------------------Capítulo 63 -- A reforma de saúde TS1 320 1 Em 10 de Dezembro de 1871, foi-me mostrado novamente que a reforma de saúde é um ramo da grande obra que deve preparar um povo para a vinda do Senhor. Ela se acha tão ligada à terceira mensagem angélica, como as mãos o estão com o corpo. A lei dos Dez Mandamentos tem sido levemente considerada pelo homem; o Senhor, porém, não viria castigar os transgressores daquela lei sem lhes enviar primeiro uma mensagem de advertência. O terceiro anjo proclama essa mensagem. Houvesse o homem sido sempre obediente à lei dos Dez Mandamentos, cumprindo em sua vida os princípios desses preceitos, e não haveria o flagelo de doenças que hoje inundam o mundo. TS1 320 2 Os homens e as mulheres não podem violar a lei natural mediante a satisfação de apetites pervertidos e de concupiscentes paixões, sem que transgridam a lei de Deus. Portanto, Ele permitiu que brilhasse sobre nós a luz da reforma de saúde, para que vejamos nosso pecado em violar as leis por Ele estabelecidas em nosso ser. Todo o nosso bem-estar ou sofrimento pode ser atribuído, em sua origem, à obediência ou transgressão no que respeita à lei natural. Nosso benigno Pai celestial vê a deplorável condição dos homens que, alguns com conhecimento mas muitos ignorantemente, estão vivendo em violação das leis por Ele estabelecidas. E movido de amor e piedade para com a raça humana, faz com que incida a luz sobre a reforma de saúde. Ele publica Sua lei e a pena que acompanhará a transgressão da mesma, a fim de que todos saibam, e cuidem em viver em harmonia com a lei natural. O Senhor proclama tão distintamente Sua lei, e torna-a tão preeminente, que é como uma cidade edificada sobre um monte. Todos os seres responsáveis a podem compreender, se o quiserem. Os idiotas não são responsáveis. Tornar patente a lei natural e insistir em que se lhe obedeça, eis a obra que acompanha a terceira mensagem angélica, a fim de preparar um povo para a vinda do Senhor. ------------------------Capítulo 64 -- O perigo dos elogios TS1 321 1 Foi-me mostrado que é preciso haver muita cautela, mesmo tratando-se de desembaraçar pessoas de um fardo oprimente, para que não ponham sua confiança na própria sabedoria, e se esqueçam de que dependem inteiramente de Deus. Não é bom elogiar a pessoa ou exaltar os talentos de um servo de Cristo. No dia de Deus muitos hão de ser pesados na balança e achados em falta por causa de sua exaltação pessoal. O próprio Eu facilmente se alteia, fazendo perder o equilíbrio ao indivíduo. Repito, meus prezados irmãos, se desejais livrar vossa alma do sangue dos homens, nunca lisonjeeis nem nunca exalteis os esforços de pobres mortais; porque isto pode tornar-se-lhes em ruína. Há perigo em exaltar por palavras ou por atos a um irmão ou irmã, por mais humilde que aparentemente seja sua conduta. Se eles são realmente dotados desse espírito manso e humilde que Deus tanto aprecia, ajudai-os a conservá-lo. Isto não se fará por meio de censuras ou deixando de apreciar devidamente as suas qualidades; mas há poucos que suportam sem prejuízo os efeitos de um elogio. TS1 321 2 Alguns pastores de talento, que estão presentemente pregando a verdade, gostam de ser elogiados. O louvor os estimula como o vinho estimula ao bebedor. Colocai esses pastores onde haja uma congregação pequena, que se não entusiasma facilmente nem provoca oposições decisivas, e se desvanecerá logo seu interesse e seu zelo, tornando-se eles modorrentos e indolentes como o bêbado a quem se tenha privado do álcool. Estes homens não se tornarão obreiros verdadeiramente práticos antes que tenham aprendido a trabalhar sem a exaltação dos elogios. ------------------------Capítulo 65 -- O trabalho em favor dos que erram TS1 322 1 Cristo identificou-Se com as necessidades de Seu povo. As necessidades e sofrimentos desse povo, eram Seus também. Diz Ele: "Tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me." Mateus 25:35, 36. Os servos de Deus devem ter coração ternamente afeiçoado, de sincero amor para com os seguidores de Cristo. Devem manifestar aquele profundo interesse que Jesus nos apresenta no cuidado do pastor para com a ovelha perdida; seguir o exemplo dado por Cristo, e exercer a mesma compaixão e benignidade, e o mesmo terno e compassivo amor manifestado por Ele para conosco. TS1 322 2 As grandes forças morais da alma são fé, esperança e amor. Se estes não forem exercidos, por mais diligente e zeloso que seja o pastor, seus labores não serão aceitos por Deus, e não pode produzir bem para a igreja. Um servo de Cristo que apresenta a solene mensagem de Deus ao povo, deve sempre tratar com justiça, amar a misericórdia e andar humildemente diante de Deus. O espírito de Cristo no coração inclinará toda faculdade da alma a nutrir e proteger as ovelhas de Seu pasto, como um verdadeiro e fiel pastor. O amor é a áurea cadeia que liga os corações crentes uns aos outros em voluntários elos de amizade, ternura, e fiel constância; cadeia que une a alma a Deus. TS1 322 3 Há decidida falta de amor, compaixão, e compassiva ternura entre os irmãos. Os ministros de Cristo são demasiado frios e sem coração. O coração deles não se acha inflamado de terna compaixão e fervoroso amor. A mais pura e elevada devoção a Deus é aquela que se manifesta nos mais fervorosos desejos e esforços para ganhar almas para Cristo. A razão por que os pastores que anunciam a verdade presente não são mais bem-sucedidos é que eles são grandemente deficientes em fé, esperança e amor. Há labutas e conflitos, abnegações e íntimas provas do coração a enfrentar e suportar para todos nós. Haverá aflição e lágrimas por nossos pecados; haverá lutas constantes e vigilâncias, de mistura com remorsos e vergonhas por causa de nossas deficiências. TS1 323 1 Que os ministros, da cruz de nosso querido Salvador não esqueçam sua experiência nessas coisas; mas lembrem-se sempre de que são apenas homens, sujeitos a errar, e possuindo as mesmas paixões que seus irmãos; e que, se ajudam a seus irmãos, precisam ser perseverantes nos esforços que fazem para os beneficiar, tendo o coração cheio de piedade e amor. Precisam chegar ao coração de seus irmãos, e ajudá-los onde eles são fracos e mais necessitam de auxílio. Os que trabalham na palavra e na doutrina, devem quebrantar o próprio coração duro, orgulhoso, incrédulo, se querem testemunhar isso nos irmãos. TS1 323 2 Cristo fez tudo por nós, porque nos viu desamparados; estávamos ligados com cadeias de trevas, pecado e desespero, não podendo portanto fazer coisa alguma por nós mesmos. É mediante o exercício da fé, esperança e amor que chegamos mais e mais perto da norma de perfeita santidade. Nossos irmãos sentem a mesma comovente necessidade de auxílio que temos experimentado. Não os devemos oprimir com desnecessárias censuras, mas deixar que o amor de Cristo nos constranja a ser muito compassivos e brandos, de modo a chorarmos sobre o errante e os que se desviaram de Deus. A alma é de infinito valor. Esse valor só pode ser estimado pelo preço pago a fim de redimi-la. O Calvário! O Calvário! O Calvário! exprimirá o real valor de uma alma. TS1 323 3 As censuras brandas, as respostas suaves e palavras agradáveis são muito mais apropriadas para reformar e salvar, do que a severidade e aspereza. Um pouco mais de falta de bondade poderá colocar as pessoas além de vosso alcance, ao passo que um espírito conciliatório seria o meio de as prender a vós, sendo-vos então possível confirmá-las no bom caminho. Deveis também ser movidos por um espírito perdoador, e dar o devido valor a todo bom desígnio e ação dos que vos rodeiam. -- Testimonies for the Church 4:65 ------------------------Capítulo 66 -- Amor e dever TS1 325 1 O amor tem um irmão gêmeo, que é o dever. Estes dois andam lado a lado. A prática do amor enquanto o dever é negligenciado, fará as crianças obstinadas, voluntariosas, perversas, egoístas e desobedientes. Se o severo dever for deixado só, sem o amor que abranda e atrai, idêntico será o resultado. O dever e o amor devem ser misturados a fim de que as crianças sejam devidamente disciplinadas. TS1 325 2 Antigamente, foram dadas aos sacerdotes essas instruções: "E a Meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro. E, quando houver pleito, eles assistirão a ele para o julgarem; pelos Meus juízos o julgarão." Ezequiel 44:23, 24. "Se Eu disser ao ímpio: ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio de seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." Ezequiel 33:8, 9. TS1 325 3 Aqui se faz patente o dever dos servos de Deus. Eles não podem ser eximidos do fiel desempenho de seu dever de reprovar pecados e erros do povo de Deus, se bem que isto seja uma tarefa desagradável, e talvez não seja aceita pela pessoa em falta. Na maioria dos casos, porém, a pessoa reprovada aceitaria a advertência e daria ouvidos à reprovação, não fosse que outros se interpusessem em seu caminho. Eles se interpõem como quem toma as dores do que foi repreendido, e acham dever tomar-lhe a defesa. Não vêem que o Senhor não Se agrada do faltoso, pois Sua causa sofreu agravo e Seu nome foi vituperado. TS1 326 1 Almas se desviaram da verdade, e naufragaram na fé, em conseqüência do procedimento errado da pessoa em falta; mas o servo de Deus cujo discernimento se acha obscurecido, e cujo juízo é movido por errôneas influências, tão depressa se põe do lado do ofensor cuja influência causou tanto mal, como ao lado do que reprovou a injustiça e o pecado; e, assim fazendo, diz tacitamente ao pecador: "Não te aflijas; não fiques abatido; afinal estás mais ou menos com a razão." Essas pessoas dizem ao pecador: "Irá bem contigo." TS1 326 2 Deus exige que Seus servos andem na luz, e não fechem os olhos para não ver a operação de Satanás. Devem estar preparados para advertir e reprovar os que estão em perigo em virtude de suas sutilezas. Satanás trabalha à direita e à esquerda a fim de obter terreno vantajoso. Não descansa. É perseverante. Vigia e é astuto para se aproveitar de toda circunstância, e para fazer isto reverter em vantagem para si na luta que sustenta contra a verdade e os interesses do reino de Deus. É lamentável que os servos do Senhor não estejam despertos sequer metade do que deviam estar para os ardis do inimigo. E em vez de resistir ao diabo para que fuja deles, muitos se inclinam a condescender com os poderes das trevas. ------------------------Capítulo 67 -- A igreja de Laodicéia TS1 327 1 A mensagem à igreja de Laodicéia é uma impressionante acusação, e é aplicável ao povo de Deus no tempo presente. TS1 327 2 "E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apocalipse 3:14-17. TS1 327 3 O Senhor nos mostra aqui que a mensagem a ser apresentada a Seu povo pelos pastores a quem Ele chamou para adverti-lo, não é uma mensagem de paz e segurança. Não é meramente teórica, mas prática em todo particular. O povo de Deus é representado na mensagem aos laodiceanos como em uma posição de segurança carnal. Sentem-se bem, pois se imaginam em exaltada condição de realizações espirituais. "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apocalipse 3:17. TS1 327 4 Que maior engano pode sobrevir à mente humana que a confiança de estar correto, quando se está totalmente errado! A mensagem da Testemunha Verdadeira encontra o povo de Deus em triste engano, todavia sincero nesse engano. Eles não sabem que sua condição é deplorável à vista de Deus. Enquanto aqueles que são abordados se lisonjeiam de achar-se em exaltada condição espiritual, a mensagem da Testemunha Verdadeira destrói sua segurança com a surpreendente denúncia de seu verdadeiro estado espiritual de cegueira, pobreza e miséria. Esse testemunho tão incisivo e severo não pode ser um engano, pois é a Testemunha Verdadeira quem fala, e Seu Testemunho tem de ser correto. TS1 328 1 Difícil é aos que se acham seguros em suas realizações, e que se acreditam ricos em conhecimento espiritual, receber a mensagem que declara acharem-se enganados e necessitados de todas as graças espirituais. O coração não santificado é "enganoso... mais do que todas as coisas, e perverso". Jeremias 17:9. Vi que muitos se estão lisonjeando de ser bons cristãos, os quais não têm um raio de luz de Cristo. Não têm por si mesmos uma viva experiência na vida religiosa. Necessitam de profunda e completa obra de humilhação de si mesmos diante de Deus, antes de experimentarem sua verdadeira necessidade de diligente, perseverante esforço para obter as preciosas graças do Espírito. TS1 328 2 Deus guia Seu povo passo a passo avante. A vida cristã é uma contínua batalha, marcha contínua. Não há descanso dessa luta. É por meio de constante, incessante esforço, que mantemos a vitória sobre as tentações de Satanás. Estamos, como um povo, triunfando na clareza e força da verdade. Somos plenamente sustidos em nossos pontos de fé por avassaladora quantidade de claros testemunhos escriturísticos. Carecemos muito, porém, da humildade, paciência, fé, amor e abnegação, vigilância e espírito de sacrifício bíblicos. Precisamos cultivar a santidade da Bíblia. O pecado domina entre o povo de Deus. A positiva mensagem de repreensão aos laodiceanos não é acatada. Muitos se apegam a suas dúvidas e a seus pecados acariciados, enquanto se encontram em tão grande engano que dizem e sentem que não necessitam de nada. Pensam que não é necessário o testemunho do Espírito de Deus em reprovação, ou que não se refere a eles. Esses estão na maior necessidade da graça de Deus e de discernimento espiritual, para que descubram sua deficiência no conhecimento das coisas do espírito. Faltam-lhes quase todos os requisitos necessários ao aperfeiçoamento do caráter cristão. Não têm um conhecimento prático da verdade bíblica, que leva à humildade de vida, e à conformidade de seu querer com a vontade de Cristo. Não estão vivendo em obediência a todos os reclamos divinos. TS1 329 1 Não basta meramente professar a verdade. Todos os soldados da cruz de Cristo obrigam-se virtualmente a entrar na cruzada contra o adversário das almas, para condenar o erro e sustentar a justiça. A mensagem da Testemunha Verdadeira, porém, revela que terrível engano pesa sobre nosso povo, o que torna necessário dirigir-lhe advertências, para pôr fim à indiferença espiritual e despertá-lo para uma ação decidida. TS1 329 2 Em minha última visão, vi que mesmo esta decidida mensagem da Testemunha Verdadeira não cumpriu o desígnio de Deus. O povo continua a modorrar em seus pecados. Continuam a se dizer ricos, e que não necessitam de nada. Muitos indagam: Por que são feitas tantas reprovações? Por que nos acusam continuamente os Testemunhos de desvios da fé e de ofensivos pecados? Nós amamos a verdade; estamos prosperando; não temos necessidade desses testemunhos de advertência e reprovação. Examinem, porém, esses queixosos o próprio coração, e comparem sua vida com os ensinos práticos da Bíblia, humilhem a alma diante de Deus, deixem que a graça divina lhes ilumine as trevas, e as escamas lhes cairão dos olhos, e compreenderão sua verdadeira pobreza e miséria espiritual. Sentirão a necessidade de comprar ouro, que é a fé e o amor puros; vestidos brancos, que é um caráter imaculado, purificado pelo sangue de seu querido Redentor; e colírio, a graça de Deus, a qual lhes dará claro discernimento das coisas espirituais, e indicará o pecado. Essas realizações são mais preciosas que o ouro de Ofir. A causa da cegueira espiritual TS1 329 3 Foi-me mostrado que a maior causa de o povo de Deus se achar agora nesse estado de cegueira espiritual, é o não receberem a correção. Muitos têm desprezado as reprovações e advertências que lhes foram feitas. A Testemunha Verdadeira condena o estado morno do povo de Deus, o qual dá a Satanás grande poder sobre eles, neste tempo de espera e vigilância. Os egoístas, os orgulhosos, e os amantes do pecado são sempre assaltados por dúvidas. Satanás tem habilidade em sugerir dúvidas e inventar objeções ao testemunho que Deus envia, e muitos consideram uma virtude e indício de inteligência, o mostrar-se incrédulo, questionar e contrafazer. Os que querem duvidar têm suficiente oportunidade para isso. Deus não Se propõe fazer desaparecer toda ocasião para a incredulidade. Apresenta evidências que precisam ser cuidadosamente investigadas, com espírito humilde e susceptível ao ensino; e todos devem julgar pela força dessas mesmas evidências. TS1 330 1 A vida eterna é de infinito valor, e custar-nos-á tudo quanto possuímos. Foi-me mostrado que não damos o devido valor às coisas eternas. Tudo quanto vale a pena possuir-se, mesmo neste mundo, tem de ser conseguido com esforço, com os mais penosos sacrifícios às vezes. E tudo isto simplesmente para obter um tesouro perecível. Seremos menos voluntários para resistir às lutas e fadigas, para fazer diligentes esforços e grandes sacrifícios a fim de alcançar um tesouro de imenso valor, uma vida que se prolongará como a do Infinito? Custar-nos-á o Céu demasiado? TS1 330 2 A fé e o amor são áureos tesouros, elementos grandemente escassos entre o povo de Deus. Foi-me mostrado que a incredulidade nos testemunhos de advertência, animação e reprovação, está afugentando a luz do povo de Deus. A incredulidade fecha-lhes os olhos, de modo que se acham ignorantes de sua verdadeira condição. A Testemunha Verdadeira assim descreve a cegueira deles: "E não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apocalipse 3:17. TS1 330 3 Está-se desvanecendo a fé na próxima vinda de Cristo. "Meu Senhor tarde virá", não se diz apenas no coração, mas exprime-se também em palavras e ainda mais decididamente nas obras. A insensatez, neste tempo de espera, está embotando os sentidos do povo de Deus quanto aos sinais dos tempos. A terrível iniqüidade que predomina requer a máxima diligência e o testemunho vivo, a fim de manter o pecado excluído da igreja. A fé tem estado a decrescer assustadoramente, e só mediante o exercício pode ela aumentar. TS1 331 1 No surgimento da terceira mensagem angélica, os que se empenhavam na obra de Deus tinham alguma coisa a arriscar; tinham sacrifícios a fazer. Começaram esta obra em pobreza, e sofreram as maiores privações e dificuldades. Enfrentaram decidida oposição, o que os impelia para Deus em sua necessidade, e mantinham viva sua fé. Nosso plano atual de doação sistemática, mantém amplamente nossos pastores e não há falta, nem necessidade do exercício da fé quanto à manutenção. Os que hoje iniciam a pregação da verdade nada têm a pôr em perigo. Não correm riscos, não têm sacrifícios especiais a fazer. O sistema da verdade acha-se pronto ao seu dispor, e as publicações lhes são fornecidas para vindicação das verdades que promovem. TS1 331 2 Alguns rapazes começam sem ter um senso real do exaltado caráter da obra. Não têm de enfrentar privações, dificuldades ou renhidos conflitos, que exigiriam o exercício da fé. Não cultivam a abnegação, nem nutrem o espírito de sacrifício. Alguns se estão tornando orgulhosos e envaidecidos e não sentem real preocupação pela obra que pesa sobre eles. A Testemunha Verdadeira fala a esses ministros: "Sê pois zeloso e arrepende-te." Apocalipse 3:19. Alguns deles acham-se tão exaltados pelo orgulho, que são positivo estorvo e maldição à preciosa causa de Deus. Não exercem sobre os outros uma influência salvadora. Esses homens precisam converter-se cabalmente a Deus, eles próprios, e ser santificados pelas verdades que apresentam aos outros. Incisivos testemunhos na igreja TS1 331 3 Muitos se sentem impacientes e suspeitosos por serem freqüentemente perturbados com advertências e reprovações que lhes mantêm sempre diante dos olhos os próprios pecados. Diz a Testemunha Verdadeira: "Eu sei as tuas obras." Apocalipse 3:15. Os motivos, os desígnios, a incredulidade, as suspeitas e ciúmes podem ser ocultos dos homens, mas não de Cristo. A Testemunha Verdadeira vem como conselheiro: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono." Apocalipse 3:18-21. TS1 332 1 Os que são repreendidos pelo Espírito de Deus não devem insurgir-se contra o humilde instrumento. É Deus, e não um falível mortal, que falou para salvá-los da ruína. Os que desprezam a advertência serão deixados na cegueira, para se iludirem a si mesmos. Mas os que lhe dão ouvidos, empenhando-se zelosamente na obra de afastar de si os seus pecados, a fim de terem as graças necessárias, abrirão a porta do coração para que o querido Salvador entre e com eles habite. Essa classe de pessoas, sempre a encontrareis em harmonia perfeita com o testemunho do Espírito de Deus. TS1 332 2 Os pastores que pregam a verdade presente não devem negligenciar a solene mensagem dirigida aos laodiceanos. O testemunho da Testemunha Verdadeira não é uma suave mensagem. O Senhor não lhes diz: Estás mais ou menos bem; tens sofrido castigos e reprovações que nunca mereceste; tens ficado desnecessariamente desanimado pela severidade; não és culpado das injustiças e pecados por que tens sido reprovado. TS1 332 3 A Testemunha Verdadeira declara que, quando vos julgais numa situação realmente boa de prosperidade, necessitais de tudo. Não basta aos pastores apresentarem assuntos teóricos; cumpre-lhes apresentar também os que são práticos. Precisam estudar as lições práticas dadas por Cristo aos discípulos, e fazer íntima aplicação das mesmas a sua própria alma e ao povo. Por Cristo dar este testemunho de reprovação, havemos de supor que Ele seja destituído de terno amor para com Seu povo? Oh, não! Aquele que morreu para redimir o homem da morte, ama com um amor divino, e àqueles a quem ama, repreende. "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo." Apocalipse 3:19. Muitos, porém, não receberão a mensagem que, em misericórdia, o Céu lhes envia. Não podem suportar que lhes seja apresentada sua negligência do dever, seus erros, seu egoísmo, orgulho e amor do mundo. Perigos dos últimos dias TS1 333 1 Vivemos num importante, soleníssimo tempo da história terrestre. Achamo-nos entre os perigos dos últimos dias. Importantes e tremendos acontecimentos se acham diante de nós. Quão necessário é que todos os que temem a Deus e amam Sua lei, se humilhem diante dEle, e se aflijam e pranteiem, e confessem os pecados que têm separado Deus de Seu povo! O que deve suscitar o maior alarme, é que não sentimos nem compreendemos nossa condição, nosso baixo estado, e satisfazemo-nos de permanecer como estamos. Devemos refugiar-nos na Palavra de Deus e na oração, buscando individual e fervorosamente ao Senhor, para que O possamos achar. Cumpre-nos fazer disto nossa primeira ocupação. -- Testimonies for the Church 3:53 (1872). ------------------------Capítulo 68 -- O dever de reprovar o pecado TS1 334 1 Foi-me mostrado que Deus aqui ilustra como Ele considera o pecado entre os que professam ser Seu povo observador dos mandamentos. Aqueles a quem Ele tem honrado especialmente com o testemunhar as assinaladas manifestações de Seu poder, como aconteceu com o antigo Israel, e que ousam mesmo então menosprezar Suas expressas direções, serão sujeitos a Sua ira. Ele quer ensinar a Seu povo que a desobediência e o pecado são excessivamente ofensivos a Seus olhos, e não devem ser levemente considerados. Ele nos mostra que, quando Seu povo se encontra em pecado, devem-se tomar imediatamente medidas positivas para tirar esse pecado do meio deles, a fim de que Seu desagrado não fique sobre todos. TS1 334 2 Se, porém, os pecados do povo são passados por alto por aqueles que se acham em posições de responsabilidade, o desagrado de Deus estará sobre eles, e Seu povo, como um corpo, será responsável por esses pecados. No trato do Senhor com Seu povo no passado, Ele mostra a necessidade de purificar a igreja de erros. Um pecador pode difundir trevas que excluam a luz de Deus de toda a congregação. Ao compreender o povo que se estão adensando trevas sobre eles, sem que saibam a causa, devem buscar diligentemente a Deus, em grande humildade e abatimento do próprio eu até que os erros que Lhe ofendem ao Espírito sejam descobertos e afastados. TS1 334 3 O preconceito que se levantou contra nós por havermos reprovado as faltas que Deus me mostrara existirem, e o clamor que se ergueu de aspereza e severidade, são injustos. Deus nos manda falar, e não ficaremos silenciosos. Caso haja erros claros entre Seu povo, e os servos de Deus passem adiante, indiferentes a isso, estão por assim dizer apoiando e justificando o pecador, e são igualmente culpados, incorrendo tão certo como ele no desagrado de Deus; pois serão tidos como responsáveis pelos pecados do culpado. Foram-me mostrados em visão muitos casos em que o desagrado de Deus foi atraído por negligência da parte de Seus servos quanto a tratar dos erros e pecados existentes entre eles. Os que passaram por alto esses erros têm sido considerados pelo povo muito amáveis e de disposição benigna, simplesmente por haverem eles recuado do desempenho de um claro dever escriturístico. Essa tarefa não agradava a seus sentimentos; evitaram-na, portanto. TS1 335 1 O espírito de ódio que tem havido por parte de alguns por haverem sido reprovados os erros existentes entre o povo de Deus, tem trazido cegueira e um terrível engano a suas almas, tornando-lhes impossível discernir entre o direito e o erro. Apagaram sua própria visão espiritual. Podem testemunhar erros, mas não sentem como Josué, não se humilham por sentir o perigo das almas. TS1 335 2 O verdadeiro povo de Deus, os que possuem o espírito da obra do Senhor, tomam a peito a salvação de almas, verão sempre o pecado em seu caráter real, maligno. Estarão sempre a favor de lidar de maneira fiel e positiva com os pecados que facilmente assaltam o povo de Deus. Em especial na obra final da igreja, no tempo do assinalamento dos cento e quarenta e quatro mil que hão de permanecer irrepreensíveis diante do trono de Deus, sentirão muito profundamente os erros do povo professo de Deus. Isto é fortemente salientado pela ilustração do profeta, da última obra na figura dos homens cada um com armas destruidoras na mão. Um homem entre eles estava vestido de linho, com um tinteiro de escrivão a sua cinta. "E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela." Ezequiel 9:4. TS1 335 3 Quem subsiste no conselho de Deus a esse tempo? São aqueles que por assim dizer desculpam os erros entre o professo povo de Deus, e que murmuram no coração, se não abertamente, contra os que reprovam o pecado? São os que tomam atitude contra eles, e se compadecem dos que cometem o erro? Não, absolutamente! A menos que eles se arrependam e deixem a obra de Satanás em oprimir os que têm a responsabilidade da obra, e em suster as mãos dos pecadores de Sião, jamais receberão o aprovador assinalamento de Deus. Cairão na destruição final dos ímpios, representada na obra dos seis homens que tinham as armas destruidoras na mão. Notai cuidadosamente este ponto: Os que receberem o puro sinal da verdade, neles gravado pelo poder do Espírito Santo, representado pelo sinal feito pelo homem vestido de linho, são os que, "suspiram e gemem por todas as abominações que se cometem" (Ezequiel 9:4) na igreja. Seu amor pela pureza e pela honra e glória de Deus é tal, e têm tão clara visão da excessiva malignidade do pecado, que são representados como em agonia, suspirando e gemendo. Lede o nono capítulo de Ezequiel. TS1 336 1 A matança geral de todos os que não vêem assim a vasta diferença entre o pecado e a justiça, porém, e não sentem como os que se acham no conselho de Deus e recebem o sinal, é descrita na ordem dada aos cinco homens que tinham as armas destruidoras: "Passai pela cidade após ele, e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis: e começai pelo Meu santuário." Ezequiel 9:5, 6. Acã é uma lição prática TS1 336 2 No caso do pecado de Acã, Deus disse a Josué: "Não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós." Josué 7:12. Que comparação há entre este caso e a direção seguida pelos que não levantam a voz contra o pecado e o erro, mas cujas simpatias se encontram sempre do lado dos que perturbam o acampamento de Israel com seus pecados? Disse Deus a Josué: "Diante dos teus inimigos não poderás suster-te, até que tires o anátema do meio de vós." Josué 7:13. Ele pronunciou o castigo que se devia seguir à transgressão de Seu concerto. TS1 337 1 Josué começou então diligente averiguação a fim de descobrir o culpado. Tomou Israel por suas tribos, depois pelas famílias, e afinal individualmente; e foi designado Acã como culpado. Para que tudo ficasse claro a todo o Israel, porém, para que não tivessem ocasião de murmurar e dizer que o castigo recaíra sobre um inocente, Josué usou de tática. Sabia que era Acã o transgressor, e que escondera o pecado, provocando assim a Deus contra Seu povo. Com prudência Josué induziu Acã a confessar o seu pecado, de modo que a honra e justiça de Deus fossem vindicadas diante de Israel. "Então disse Josué a Acã: Filho meu, dá, peço-te, glória ao Senhor Deus de Israel, e faze confissão perante Ele; e declara-me agora o que fizeste, não mo ocultes. TS1 337 2 "E respondeu Acã a Josué, e disse: Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e fiz assim e assim. Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata debaixo dela. Então Josué enviou mensageiros, que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido na sua tenda, e a prata debaixo dela. Tomaram, pois, aquelas coisas do meio da tenda, e as trouxeram a Josué e a todos os filhos de Israel; e as deitaram perante o Senhor. Então Josué e todo o Israel com ele tomaram a Acã, filho de Zerá, e a prata, e a capa, e a cunha de ouro, e a seus filhos, e a suas filhas, e a seus bois, e a seus jumentos, e a suas ovelhas, e a sua tenda, e a tudo quanto tinha, e levaram-nos ao vale de Acor. E disse Josué: Por que nos turbaste? o Senhor te turbará a ti este dia. E todo o Israel o apedrejou com pedras; e os queimaram a fogo, e os apedrejaram com pedras." Josué 7:19-25. TS1 337 3 O Senhor disse a Josué que Acã, não somente tirara as coisas que Ele lhes dissera positivamente que não tomassem, para que não fossem amaldiçoados, mas roubara, e também mentira. O Senhor dissera que Jericó e todo o seu despojo deviam ser consumidos, com exceção do ouro e da prata, que deviam ser reservados para o tesouro do Senhor. A vitória obtida na tomada de Jericó não se alcançara por meio de combate, ou de se haver o povo exposto ao perigo. O Capitão das hostes do Senhor conduzira os exércitos celestes. Do Senhor fora a batalha; Ele é que havia combatido. Os filhos de Israel não haviam desferido um só golpe. O triunfo e a glória pertenciam ao Senhor, e Seus eram os despojos. Ele ordenara que tudo fosse consumido, exceto o ouro e a prata, que reservara para Seu tesouro. Acã compreendeu bem a reserva feita, e que os tesouros de ouro e de prata que ele cobiçou eram do Senhor. Furtou para seu próprio proveito dos tesouros de Deus. ------------------------Capítulo 69 -- Confessar ou negar a Cristo TS1 339 1 Em nosso convívio na sociedade, em famílias, ou em quaisquer relações da vida em que sejamos colocados, limitadas ou vastas que sejam, há muitas maneiras por que podemos confessar a nosso Senhor, e muitos modos pelos quais O podemos negar. Podemos negá-Lo por nossas palavras, falando mal de outros, por conversas levianas, gracejos e chocarrices, por palavras ociosas ou cruéis, ou por prevaricar, falando contrariamente à verdade. Por nossas palavras podemos confessar que Cristo não está em nós. Quanto ao nosso caráter, podemos negá-Lo pelo amor da comodidade, esquivando-nos aos deveres e responsabilidades da vida que devem recair sobre outros, se nós não os assumirmos, e amando os prazeres pecaminosos. Podemos também negar a Cristo pelo orgulho no vestuário e conformidade com o mundo, por uma conduta descortês. Podemos negá-Lo pelo amor às nossas próprias opiniões, buscando sustentar e justificar o próprio eu. Também O podemos negar permitindo a mente girar em torno do sentimentalismo amoroso, e demorando os pensamentos sobre nossa suposta dura sorte, nossas provações. TS1 339 2 Pessoa alguma pode na verdade confessar a Cristo perante o mundo, a menos que nele habitem a mente e o espírito de Cristo. Impossível é comunicarmos aquilo que não possuímos. A conversação e a conduta devem ser real e visível expressão da graça e verdade interiores. Caso o coração seja santificado, submisso e humilde, ver-se-ão exteriormente os frutos, e Cristo será eficazmente confessado. Palavras e profissão de fé, não são suficientes. Vós, minha irmã, deveis ter mais que isto. Estais a enganar-vos a vós mesma. Vosso espírito, caráter e ações não mostram um espírito manso, abnegado e caridoso. As palavras e a profissão poderão exprimir muita humildade e amor, mas se a conduta não for diariamente regulada pela graça de Deus, não sois participante do dom celestial, não abandonastes tudo por Cristo, não entregastes vossa vontade e prazer a fim de tornar-vos discípula Sua. TS1 340 1 Cometeis pecado e negais vosso Salvador deixando-vos a pensar em coisas sombrias, arranjando para vós mesma provações, tomando aflições emprestadas. Atraís para hoje as aflições do dia de amanhã, e vos amargurais e trazeis preocupações e nuvens sobre os que vos rodeiam, com o fabricar provações. O precioso tempo de graça que vos é concedido por Deus, em que deveis fazer bem e enriquecer-vos em boas obras, sois bastante imprudente para empregá-lo em pensar em coisas desagradáveis, e em construir castelos no ar. Permitis que a imaginação vos gire em assuntos que nenhum alívio ou felicidade vos trarão. Vosso sonhar acordada serve simplesmente de barreira a obterdes experiência sadia e inteligente nas coisas de Deus e aptidão moral para a vida melhor. TS1 340 2 A verdade de Deus, recebida no coração, é capaz de fazer-vos sábia para a salvação. Crendo nela, e obedecendo-lhe, recebereis graça suficiente para os deveres e provas de cada dia. Não necessitais de graça para o dia de amanhã. Cumpre-vos considerar que só tendes que ver com o dia de hoje. Vencei por hoje; negai-vos por hoje; vigiai e orai por hoje; em Deus obtende vitória por hoje. Nossas circunstâncias e ambiente, as mudanças que diariamente surgem ao nosso redor, e a palavra escrita de Deus que discerne e prova tudo -- estas coisas são suficientes para nos ensinar o dever, e o que nos cumpre fazer dia a dia. Em vez de deixar que a mente se vos solte numa direção de pensamentos de que não tirareis nenhum benefício, devíeis examinar diariamente as Escrituras, e cumprir aqueles deveres da vida diária que presentemente vos são enfadonhos, mas que devem ser cumpridos por alguém. Lições da natureza TS1 340 3 As belezas naturais possuem uma língua que nos fala incessantemente aos sentidos. O coração aberto pode ser impressionado com o amor e a glória de Deus, segundo se revelam nas obras de Suas mãos. O ouvido atento pode ouvir e compreender as comunicações de Deus através das obras da natureza. Há uma lição na luz solar, e nos vários objetos da natureza apresentados por Deus ao nosso olhar. Os campos verdejantes, as árvores altaneiras, os botões e as flores, a nuvem que passa, a chuva que cai, as fontes rumorejantes, o Sol, a Lua, e as estrelas no céu, tudo nos convida a atenção e incentiva a meditar, pedindo-nos que nos familiarizemos com Deus, que tudo isso criou. As lições a serem aprendidas dos vários objetos do mundo natural, são essas: Elas são obedientes à vontade de seu Criador; não negam nunca a Deus, nunca recusam obediência a qualquer manifestação de Sua vontade. Unicamente os seres caídos se negam a prestar inteira obediência Àquele que os fez. Suas palavras e obras se acham em desarmonia com Deus, e em oposição aos princípios de Seu governo. ... TS1 341 1 Os professos cristãos que estão sempre a murmurar e se queixarem, e que parecem pensar que a felicidade e um semblante contente são pecado, não têm a genuína espécie de religião. Os que olham para o belo cenário da natureza como o fariam a um quadro inanimado, que preferem olhar às folhas mortas a juntarem as flores vivas e belas, que encontram um prazer doentio em tudo quanto é melancólico na linguagem que lhes fala o mundo natural, que não vêem beleza alguma nos vales revestidos de verdejante relva, e nas altaneiras montanhas cobertas de vegetação, que cerram os sentidos à jubilosa voz que lhes fala da natureza, a qual é doce e musical ao ouvido atento -- esses tais não estão em Cristo. Não estão andando na luz, mas adensam para si mesmos sombras e trevas, quando poderiam igualmente possuir claridade e a bênção do Sol da Justiça a raiar em seu coração, trazendo salvação em Seus raios. ------------------------Capítulo 70 -- Os que desprezam a repreensão TS1 342 1 O apóstolo Paulo declara positivamente que a experiência dos israelitas em suas viagens foi registrada para benefício dos que vivem nesta época da história do mundo, aqueles para quem são chegados os fins dos tempos. Não consideramos que nossos perigos não são nada inferiores aos dos hebreus, antes maiores. Haverá tentações para ciúmes e murmurações, e haverá franca rebelião, tais como se acham registrados acerca do antigo Israel. Sempre haverá o espírito de insurgir-se contra a reprovação de pecados e ofensas. Silenciará, porém, a voz da repreensão por causa disto? Se assim for, não nos encontramos em melhores condições do que as várias denominações de nossa terra, as quais temem tocar nos erros e nos pecados dominantes entre o povo. TS1 342 2 Aqueles que Deus separou como pregadores da justiça têm sobre si solenes responsabilidades quanto a reprovar os pecados do povo. Paulo ordenou a Tito: "Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade. Ninguém te despreze." Tito 2:15. Sempre há pessoas que desprezam aquele que ousa reprovar o pecado; ocasiões há, porém, em que é preciso repreender. Paulo instrui Tito a repreender incisivamente certa classe, para que sejam sãos na fé. TS1 342 3 Homens e mulheres que, com suas várias organizações, são reunidos na qualidade de uma igreja, têm suas peculiaridades e seus defeitos. Quando estes se desenvolvem, exigem reprovação. Se os que ocupam posições importantes nunca reprovassem, nunca repreendessem, manifestar-se-ia em breve uma condição desmoralizada, o que desonraria grandemente a Deus. Como, porém, se fará a reprovação? Responda o apóstolo: "Com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:2. Os princípios devem ser, de maneira impressiva, apresentados àquele que necessita a repreensão; mas nunca se devem passar por alto, indiferentemente, os erros do povo de Deus. TS1 343 1 Haverá homens e mulheres que desprezam a repreensão, e cujos sentimentos sempre se insurgirão contra ela. Não é agradável que alguém nos mostre nossos erros. Em quase todo caso em que se faz necessária a reprovação, haverá alguns que deixarão de considerar que o Espírito do Senhor foi ofendido, Sua causa vituperada. Esses se condoerão dos que mereceram a censura, por haverem sido magoados sentimentos pessoais. Toda essa não santificada compaixão torna os que a manifestam participantes da culpa da pessoa reprovada. Em nove casos de dez, fosse o que sofreu a repreensão deixado sob o senso de suas culpas, haveria sido ajudado a vê-las, sendo assim reformado. Mas os que de forma intrometida e profana se condoem, dão aos motivos do reprovador uma significação totalmente errônea, bem como a natureza da repreensão, e assim se doendo pelo que foi repreendido o levam a achar que foi realmente maltratado; e seus sentimentos se insurgem em rebelião contra uma pessoa que simplesmente cumpriu seu dever. Os que com fidelidade se desempenham de seus penosos deveres, sob o senso da responsabilidade para com Deus, hão de receber-Lhe a bênção. Deus requer que Seus servos sejam sempre zelosos em fazer Sua vontade. Na recomendação do apóstolo a Timóteo, exorta-o: "Pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina." 2 Timóteo 4:2. TS1 343 2 Os hebreus não estavam dispostos a submeterem-se às direções e restrições do Senhor. Queriam simplesmente os próprios caminhos, seguir a direção do próprio entendimento, e ser controlados por seu próprio juízo. Pudessem eles ter sido deixados na liberdade de assim fazer, não teria havido queixas contra Moisés; mas ficavam desassossegados sob restrição. Unidade na ação e no modo de julgar TS1 343 3 Deus queria que Seu povo fosse disciplinado e levado à harmonia de ação, de maneira a terem o mesmo ponto de vista, e serem de um mesmo espírito, julgando da mesma forma. A fim de produzir este estado de coisas, muito há a fazer. O coração natural deve ser submetido e transformado. É desígnio de Deus que haja sempre um vivo testemunho na igreja. Será necessário reprovar e exortar, e alguns precisarão de ser incisivamente repreendidos, segundo o caso o exigir. Ouvimos a alegação: "Oh! eu sou tão sensível! Não posso suportar a mínima repreensão." Exprimissem essas pessoas devidamente o caso, e diriam: "Sou tão voluntarioso, tão presunçoso, de espírito tão orgulhoso, que ninguém me ditará o que devo fazer; ninguém me censurará. Reclamo o direito do juízo individual; tenho o direito de crer e falar como me aprouver." Não é vontade do Senhor que abdiquemos de nossa individualidade. Mas que homem é juiz competente do limite até aonde deva ser levada essa independência individual? TS1 344 1 Pedro exorta seus irmãos: "Semelhantemente vós, mancebos, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." 1 Pedro 5:5. Também o apóstolo Paulo exorta os irmãos filipenses à unidade e humildade: "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filipenses 2:1-5. E outra vez Paulo exorta os irmãos: "O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Romanos 12:9, 10. Escrevendo aos Efésios, diz ele: "Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus." Efésios 5:21. TS1 344 2 A história dos israelitas apresenta-nos o grande perigo do engano. Muitos não têm o senso da pecaminosidade da própria natureza, nem da graça do perdão. Acham-se nas trevas da natureza, sujeitos às tentações e a grande engano. Estão longe de Deus; têm no entanto grande satisfação em sua vida, quando a conduta que seguem é aborrecível ao Senhor. Esta classe estará sempre em guerra com a direção do Espírito do Senhor, especialmente com a repreensão. Não querem ser perturbados. Sentem, acidentalmente, temores egoístas e bons propósitos, e por vezes pensamentos e convicções ansiosos; não têm, no entanto, profundidade de experiência, porque não se acham firmados na Rocha Eterna. Esta classe nunca vê a necessidade do testemunho positivo. O pecado não lhes parece tão excessivamente pecaminoso, pela própria razão de não estarem andando na luz como Cristo na luz está. TS1 345 1 Existe ainda outra classe que tem tido grande luz e convicções especiais, e uma genuína experiência na operação do Espírito de Deus: mas as múltiplas tentações de Satanás os têm vencido. Não apreciam a luz que Deus lhes tem dado. Não dão ouvidos às advertências e reprovações do Espírito de Deus. Acham-se sob condenação. Esses estarão sempre em desarmonia com o testemunho direto, porque o mesmo os condena. TS1 345 2 É desígnio de Deus que Seu povo seja um; que tenham a mesma visão, e tenham o mesmo espírito e o mesmo parecer. Isto não se pode realizar sem que haja na igreja um testemunho claro, definido e vivo. A oração de Cristo foi para que Seus discípulos fossem um assim como Ele era um com o Pai. "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos um. Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:20-23. ------------------------Capítulo 71 -- Apelo aos jovens TS1 346 1 Queridos Jovens: De tempos a tempos o Senhor me tem dado testemunhos de advertência para vós. Ele vos tem dado animação, caso Lhe entregásseis o melhor e mais santo de vossas afeições. Ao me serem distintamente avivadas essas advertências, experimento pelo perigo em que vos achais um senso que bem sei vós mesmos não sentis. A escola situada em Battle Creek reúne muitos jovens de constituições mentais várias. Se esses jovens não forem consagrados a Deus e obedientes a Sua vontade, e não andarem humildemente no caminho de Seus mandamentos, a localização de uma escola em Battle Creek demonstrar-se-á motivo de grande desânimo para a igreja. Esta escola poderá ser uma bênção ou uma maldição. Rogo-vos, a vós que mencionais o nome de Cristo, que vos aparteis da iniqüidade, e desenvolvais caráter que mereça a aprovação de Deus. TS1 346 2 Pergunto-vos: Credes vós que os testemunhos de reprovação que vos têm sido dirigidos são de Deus? Se realmente acreditais que a voz de Deus vos tem falado, indicando os perigos que vos ameaçam, dais vós ouvidos aos conselhos dados? Conservais frescas na memória essas advertências lendo-as freqüentemente e num espírito de oração? O Senhor vos tem falado, crianças e jovens, falado repetidamente; tendes, porém, sido tardios em atender às advertências dadas. Se não endurecestes rebeldemente o coração contra as descrições que Deus vos tem dado de vosso caráter e perigos, e contra a rota traçada para seguirdes, alguns de vós todavia têm sido desatentos quanto às coisas de vós exigidas a fim de obterdes força espiritual e serdes uma bênção na escola, na igreja e para todos com quem vos associais. TS1 347 1 Rapazes e moças, sois responsáveis para com Deus pela luz que Ele vos tem dado. Esta luz e essas advertências, caso desatendidas, erguer-se-ão contra vós no juízo. Vossos perigos têm sido claramente expostos; tendes sido advertidos e guardados de todos os lados, cercados de advertências. Na casa de Deus, tendes ouvido as mais solenes, esquadrinhadoras verdades apresentadas pelos servos de Deus em demonstração do Espírito. Que peso têm esses solenes apelos sobre vosso coração? Que influência exercem sobre vosso caráter? Sereis responsáveis por todos esses apelos e advertências. Eles se erguerão no juízo para condenar os que prosseguem em uma vida de vaidade, leviandade e orgulho. TS1 347 2 Queridos jovens amigos, aquilo que semeardes, isso haveis de colher. Agora é o tempo de semeadura para vós. Qual será a colheita? Que estais semeando? Cada palavra que proferis, cada ato que praticais, é uma semente que produzirá bom ou mau fruto, e que redundará em alegria ou tristeza para o semeador. Qual a semente lançada, tal a colheita. Deus vos tem dado grande luz e muitos privilégios. Depois de comunicada a luz, depois de vos haverem sido claramente expostos os riscos que correis, fica sobre vós a responsabilidade. A maneira por que tratais a luz que Deus vos envia, fará pender a balança para a felicidade ou o infortúnio. Estais vós mesmos moldando o próprio destino. TS1 347 3 Tendes todos uma influência para bem ou para mal sobre a mente e caráter dos outros. E justamente a influência que exercerdes será escrita nos livros do Céu. Tendes um anjo assistente, o qual está registrando vossas palavras e ações. Ao vos erguerdes pela manhã, acaso experimentais o senso de vossa impotência, vossa necessidade de forças vindas de Deus? e humilde e sinceramente expondes vossas necessidades ao celeste Pai? Se assim for, os anjos anotam-vos as orações, e se as mesmas não partiram de lábios fingidos, quando estiverdes em risco de errar inconscientemente, de exercer uma influência que leve outros a errar, vosso anjo de guarda estará ao vosso lado, impulsionando-vos a seguir melhor direção, escolhendo as palavras para proferirdes e influenciando-vos as ações. TS1 348 1 Se não vos sentis em perigo, e se não fazeis nenhuma prece em busca de auxílio e força para resistir às tentações, é certo vos extraviardes; vossa negligência do dever será registrada nos livros de Deus no Céu, e sereis achados em falta no dia da provação. TS1 348 2 Há ao vosso redor alguns que foram cuidadosamente instruídos, e outros que foram tratados com condescendência, mimados, lisonjeados, louvados, até que ficaram positivamente estragados para a vida prática. Falo a respeito de pessoas que conheço. Seu caráter acha-se tão torcido pela indulgência, lisonja e indolência, que são inúteis para esta vida. E se são inúteis no que respeita a esta existência, que esperaremos quanto àquela outra em que tudo é pureza e santidade, e onde todos têm caráter harmônico? Tenho orado por essas pessoas; tenho-me dirigido pessoalmente a elas. Podia ver a influência que elas exerciam sobre outros espíritos, levando-os à vaidade, ao amor do vestuário e ao descuido para com seus interesses eternos. A única esperança para essas pessoas, é que atentem para seus caminhos, humilhem o coração orgulhoso e vão perante Deus, façam confissão de seus pecados e se convertam. O amor à ostentação e ao divertimento TS1 348 3 A vaidade no vestuário bem como o amor do divertimento, são grandes tentações para a mocidade. Deus tem sagrados direitos sobre todos nós. Ele reclama todo o coração, toda a alma, toda a afeição. A resposta dada por vezes a esta declaração é: "Oh! eu não professo ser cristão!" Que será se o não fizerdes? Não tem Deus sobre vós os mesmos direitos que tem sobre aquele que professa ser Seu filho? Por serdes ousado em vossa descuidosa desconsideração para com as coisas sagradas, será, vosso pecado de negligência e rebelião passado por alto pelo Senhor? Cada dia que desprezais os direitos de Deus, cada oportunidade de oferecida misericórdia que menosprezais, é posta à vossa conta, engrossando a lista de pecados contra vós no dia em que os registros de toda alma serão investigados. Dirijo-me a vós, rapazes e moças, professos ou não. Deus pede vossas afeições, vossa prazerosa obediência e devoção para com Ele. Tendes agora um breve tempo de graça, e podeis aproveitar esta oportunidade de fazer incondicional entrega a Deus. TS1 349 1 A obediência e a submissão às reivindicações de Deus, eis as condições apresentadas pelo inspirado apóstolo para nos tornarmos filhos de Deus, membros da família real. Toda criança e jovem, todo homem e mulher, foi por Jesus, mediante Seu próprio sangue, salvo do abismo da ruína a que Satanás os impelia. Pelo fato de os pecadores não aceitarem a salvação que lhes é oferecida, ficam eles livres de sua obrigação? O preferirem permanecer no pecado e ousada transgressão, não lhes diminui a culpa. Jesus pagou o preço por eles, e pertencem-Lhe. São propriedade dEle; e se não prestarem obediência Àquele que por eles deu a vida, mas consagrarem seu tempo e suas forças e talentos ao serviço de Satanás, estão ganhando o salário que ele paga, o qual é a morte. TS1 349 2 Glória imortal e vida eterna são a recompensa oferecida por nosso Redentor aos que Lhe forem obedientes. Ele lhes tornou possível aperfeiçoarem caráter cristão mediante o Seu nome, e vencer por si mesmos como Ele venceu em benefício deles. Ele lhes deu o exemplo em Sua própria vida, mostrando-lhes como eles podem vencer. "O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 6:23. TS1 349 3 As reivindicações de Deus são igualmente obrigatórias sobre todos. Os que preferem negligenciar a grande salvação que lhes é oferecida gratuitamente, que preferem servir-se a si mesmos e permanecer inimigos de Deus, inimigos do abnegado Redentor, estão ganhando o seu salário. Semeiam na carne, e da carne hão de ceifar a corrupção. TS1 350 1 Aqueles que se revestiram de Cristo pelo batismo, mostrando por esse passo sua separação do mundo, e que prometeram andar em novidade de vida, não devem erguer ídolos no coração. Os que uma vez se regozijaram na evidência dos pecados perdoados, que experimentaram o amor do Salvador, e que depois perseveram em unir-se aos inimigos de Cristo, rejeitando a perfeita justiça que Jesus lhes oferece, escolhendo os caminhos condenados por Ele, serão mais severamente julgados do que os pagãos que nunca tiveram a luz, e não conheceram nunca a Deus e a Sua lei. Os que recusam seguir a luz que Deus lhes deu, preferindo os divertimentos, vaidades e loucuras do mundo, recusando-se a conformar sua vida com as justas e santas reivindicações da lei de Deus, são à vista de Deus culpados dos mais ofensivos pecados. Sua culpa e o salário a receberem, serão proporcionais à luz e privilégios que tiveram. TS1 350 2 Vemos o mundo absorvido em seus divertimentos. O primeiro e supremo pensamento da maior parte, especialmente das mulheres, é a exibição. O amor do vestuário e do prazer está arruinando a felicidade de milhares. E alguns dos que professam amar e observar os mandamentos de Deus imitam essa classe até o ponto em que ainda possam conservar o nome de cristãos. Alguns dos jovens são tão ansiosos de exibição, que estão mesmo dispostos a desistir desse nome de cristãos, se tão-somente puderem seguir sua inclinação pela vaidade no vestuário e o amor dos prazeres. TS1 350 3 A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo, e que não pensam nem cuidam no que respeita ao mundo vindouro. TS1 350 4 Jovens cristãos, tenho visto em alguns de vós um amor pelo vestuário e a exibição que me tem entristecido. Tenho visto tanta vaidade no trajar em alguns que têm sido bem instruídos, que têm desfrutado os privilégios religiosos desde o berço, e que se têm revestido de Cristo mediante o batismo, professando assim estar mortos para o mundo; tenho visto uma vaidade no vestuário e leveza de conduta, que tem ofendido ao querido Salvador, sendo ao mesmo tempo uma vergonha para a causa de Deus. Tenho observado com dor vosso declínio religioso, e vossa inclinação a enfeitar e adornar vosso vestuário. Alguns têm sido bastante infelizes para chegar a possuir correntes ou alfinetes de ouro, ou ambas as coisas, e têm mostrado o mau gosto de exibi-los, fazendo-os notórios a fim de chamarem a atenção. Não posso deixar de relacionar essas pessoas ao vaidoso pavão, que exibe suas suntuosas penas à admiração dos outros. É tudo quanto essa pobre ave possui para atrair a atenção; pois sua forma e a voz nada têm de atrativas. O ornamento de um espírito manso e quieto TS1 351 1 Os jovens podem esforçar-se por sobressair na procura do ornamento de um espírito manso e quieto, jóia de inestimável valor que pode ser usada com graça celeste. Este adorno atrairá a muitos neste mundo, e será altamente apreciado pelos anjos celestiais e, acima de todos, por nosso Pai do Céu; também habilitará os que o usam a serem hóspedes bem-vindos às cortes celestes. TS1 351 2 Os jovens possuem faculdades que, com o devido cultivo, qualificá-los-iam quase para qualquer posição de confiança. Caso eles houvessem, no buscarem educar-se, tornado seu objetivo o exercitar e desenvolver as faculdades a eles concedidas por Deus para que fossem úteis e se demonstrassem uma bênção aos demais, seu espírito não haveria sido atrofiado a ponto de conformar-se com uma norma inferior. Manifestariam profundidade de pensamento e firmeza de princípios, impondo o respeito e exercendo influência. Teriam elevadora influência sobre outros, o que levaria almas a verem e reconhecerem o poder de uma vida cristã esclarecida. Os que põem maior cuidado em ornamentar a própria pessoa para exibição do que em educar o espírito e exercitar suas faculdades para a máxima utilidade, a fim de glorificarem a Deus, não reconhecem sua responsabilidade para com Ele. Inclinar-se-ão a ser superficiais em tudo quanto empreendem, e limitarão a própria utilidade e atrofiarão o intelecto. TS1 352 1 Sinto profunda mágoa pelos pais e mães desses jovens, bem como pelos filhos. Houve uma falha na educação desses filhos, o que deixa em algum ponto uma pesada responsabilidade. Os pais que mimaram os filhos e com eles foram indulgentes em vez de os restringir judiciosamente inspirados por princípios, podem ver o caráter que formaram. Segundo a direção que lhe foi dada ao educá-los, assim se inclina o caráter. O fiel Abraão TS1 352 2 Meu espírito volve-se ao fiel Abraão que, em obediência ao mando divino a ele dado em uma visão de noite, em Berseba, segue seu caminho com Isaque ao lado. Vê diante de si o monte que, Deus lhe dissera, havia de indicar como aquele sobre que ele devia oferecer o sacrifício. Tira a lenha das costas do servo, e coloca-a sobre Isaque, aquele que devia ser oferecido. Cinge sua alma de firmeza e angustiosa severidade, pronto para a obra que Deus lhe exige. Coração quebrantado e mão desfalecida, toma o fogo, enquanto Isaque indaga: Pai, aqui está o fogo e a lenha; mas onde está a oferta? Mas oh! Abraão não lho pode dizer agora! TS1 352 3 O pai e o filho erguem o altar, e chega para Abraão o terrível momento de dar a conhecer a Isaque o que lhe tem causado angústia de alma através de toda aquela longa jornada -- que o próprio Isaque é a vítima. O filho não é mais um rapazinho; está um jovem plenamente desenvolvido. Poder-se-ia haver recusado submeter-se ao desígnio paterno, se assim quisesse. Ele não acusa o pai de loucura, nem sequer lhe procura mudar o propósito. Submete-se. Crê no amor de seu pai, e em que ele não faria esse terrível sacrifício de seu filho único, não houvesse Deus assim solicitado. Isaque é amarrado pelas mãos trementes e amorosas do compassivo pai, porque assim o dissera Deus. O filho submete-se ao sacrifício, porque acredita na integridade de seu pai. Quando tudo está pronto, porém, quando a fé do pai e a submissão do filho são plenamente provadas, o anjo de Deus detém a mão suspensa de Abraão, prestes a matar seu filho, e diz-lhe que basta. "Agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único." Gênesis 22:12. TS1 353 1 Este ato de fé da parte de Abraão é registrado para nosso benefício. Ensina-nos a grande lição de confiança nas reivindicações de Deus, por mais rigorosas e pungentes que sejam; e isto ensina aos filhos perfeita submissão a seus pais e a Deus. Pela obediência de Abraão é-nos ensinado que coisa alguma é demasiado preciosa para darmos ao Senhor. Uma lição em figura TS1 353 2 Isaque era um símbolo do Filho de Deus, oferecido em sacrifício pelos pecados do mundo. Deus queria gravar em Abraão o evangelho da salvação para o homem. A fim de isto fazer, e tomar essa verdade real para ele, bem como provar-lhe a fé, exigiu dele que matasse seu querido Isaque. Toda a dor e angústia sofridas por Abraão através daquela sombria e tremenda viagem, foi com o desígnio de gravar-lhe no entendimento o plano da redenção para o homem caído. Foi-lhe feito compreender, pela própria experiência, quão inexprimível era a abnegação do infinito Deus em dar Seu próprio Filho para morrer a fim de redimir o homem da inteira perdição. Nenhuma tortura mental poderia ser para Abraão igual àquela que sofrera ao obedecer à ordem divina de sacrificar seu filho. TS1 353 3 Deus entregou Seu Filho a uma vida de humilhação, renúncia, pobreza, labor, injúria, e à angustiosa morte de cruz. Ali não houve, porém, nenhum anjo a levar a feliz mensagem: "Basta; não é preciso que morras, Meu bem-amado Filho." Havia legiões de anjos em dolorosa expectativa, na esperança de que, como no caso de Isaque, no derradeiro momento, Deus impediria essa vergonhosa morte. Não lhes seria, no entanto, permitido levar uma mensagem assim ao querido Filho de Deus. Prosseguiu a humilhação no tribunal e no caminho do Calvário. Foi escarnecido, ridicularizado, cuspiram nEle. Suportou as zombarias, os insultos, opróbrios dos que O aborreciam, até pender-Lhe a cabeça sobre a cruz e expirar. TS1 354 1 Poderia Deus dar-nos prova maior de Seu amor do que em assim entregar Seu Filho para passar por tal cena de sofrimento? E como o dom de Deus ao homem foi um dom gratuito, Seu amor infinito, assim também Suas reivindicações sobre nossa confiança, nossa obediência, todo o nosso coração e as riquezas de nossas afeições são correspondentemente infinitos. Ele requer tudo quanto é ao homem possível dar. A submissão de nossa parte deve ser proporcional ao dom de Deus; importa que seja completa, sem faltar em coisa alguma. Somos todos devedores a Deus. Ele tem sobre nós direitos que não podemos satisfazer, a não ser entregando-nos em sacrifício inteiro e voluntário. Ele reclama pronta e voluntária obediência, e nada menos do que isto será aceito. Temos agora oportunidade de assegurar-nos a afeição e o favor de Deus. Esse ano talvez seja o último na vida de alguns que lêem isto. Haverá entre os jovens que lêem este apelo algum que prefira os prazeres do mundo à paz dada por Cristo ao sincero indagador e satisfeito cumpridor de Sua vontade? É pesado o caráter TS1 354 2 Deus está pesando nosso caráter, nossa conduta e nossos motivos, na balança do santuário. Terrível coisa será ser declarado em falta em amor e obediência por nosso Redentor, que morreu na cruz a fim de atrair a Si nosso coração. Grandes e preciosos dons nos tem Deus concedido. Tem-nos dado luz e conhecimento de Sua vontade, de modo que não necessitamos de errar ou andar em trevas. Ser pesado na balança e achado em falta no dia do final ajuste e das recompensas, será coisa tremenda, erro terrível que jamais se poderá corrigir. Queridos jovens, será o livro de Deus pesquisado em vão quanto aos vossos nomes? TS1 355 1 Deus vos designou uma obra a fazer para Ele, a qual vos tornará colaboradores Seus. Por toda parte ao vosso redor há almas por salvar. Há pessoas a quem podeis animar e beneficiar mediante vossos sinceros esforços. Podeis desviar almas do pecado para a justiça. Quando experimentardes o senso de vossa responsabilidade para com Deus, sentireis a necessidade de ser mais fiéis em oração, mais fiéis em vigiar contra as tentações de Satanás. Se sois realmente cristãos, haveis de sentir-vos mais inclinados a entristecer-vos por causa das trevas morais que há no mundo do que a condescender com a leviandade e o orgulho no vestuário. Achar-vos-eis entre os que choram e gemem por causa das abominações que se fazem na Terra. Resistireis às tentações de Satanás para condescender com a vaidade e os enfeites e adornos para ostentação. Torna-se estreito o espírito e atrofiada a inteligência que pode achar satisfação nessas coisas frívolas com detrimento de altas responsabilidades. TS1 355 2 A mocidade de nossos dias pode ser colaboradora de Cristo, se assim o quiser; e no trabalho sua fé se fortalecerá e aumentará seu conhecimento da vontade divina. Todo verdadeiro propósito e todo proceder justo será registrado no livro da vida. Eu desejaria poder despertar os jovens para verem e sentirem a pecaminosidade de viverem para se agradarem a si mesmos, atrofiando o intelecto à medida das coisas mesquinhas e vãs desta vida. Caso eles elevassem o pensamento e as palavras acima das frívolas atrações do mundo, tomando como objetivo glorificar a Deus, Sua paz, que excede todo o entendimento, seria por eles desfrutada. ------------------------Capítulo 72 -- O poder da oração nas tentações TS1 356 1 Quão benigna e ternamente trata o Pai celeste a Seus filhos! Guarda-os de mil perigos que lhes são ocultos, preserva-os das artes sutis de Satanás, para que não sejam destruídos. Como o protetor cuidado de Seus anjos não é manifesto a nossa imperfeita visão, não procuramos considerar e apreciar o sempre vigilante interesse nutrido por nosso bondoso e benévolo Criador para com a obra de Suas mãos; e não somos gratos pela multidão de Suas misericórdias, a nós dia a dia concedidas. TS1 356 2 Os jovens ignoram os muitos perigos a que se acham diariamente expostos. Jamais os poderão conhecer a todos; se são vigilantes, porém, se oram sempre, Deus lhes conservará sensível a consciência e a percepção clara para poderem discernir a operação do inimigo, e serem fortalecidos contra seus ataques. Muitos dos jovens, todavia, têm por tanto tempo seguido as próprias inclinações, que dever é para eles palavra sem significação. Não compreendem os elevados e santos deveres que têm a cumprir para benefício de outros e para glória de Deus; e negligenciam por completo esses deveres. TS1 356 3 Caso os jovens tão-somente despertassem para sentir profundamente sua necessidade de forças vindas de Deus para resistirem às tentações de Satanás, obteriam preciosas vitórias, bem como valiosa experiência na luta cristã. Quão poucos jovens pensam na exortação do inspirado apóstolo Pedro: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. Ao qual resisti firmes na fé." 1 Pedro 5:8, 9. Na visão dada a João ele viu o poder de Satanás sobre os homens, e exclamou: "Ai dos que habitam na Terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo." Apocalipse 12:12. TS1 357 1 A única segurança para os jovens é incessante vigilância e humilde oração. Não se devem lisonjear de que podem ser cristãos sem isso. Satanás oculta suas tentações e seus ardis sob uma cobertura de luz, como quando se aproximou de Cristo no deserto. Então, era aparentemente como um anjo celeste. O adversário de nossas almas aproximar-se-á de nós como um hóspede celeste; e o apóstolo recomenda sobriedade e vigilância como nossa única salvaguarda. Os jovens que condescendem com uma atitude descuidosa e leviana, e negligenciam os deveres cristãos, estão continuamente caindo sob as tentações do inimigo, em vez de vencerem como Cristo venceu. TS1 357 2 O serviço de Cristo não é penosa labuta para a alma completamente consagrada. A obediência a nosso Salvador não prejudica nossa felicidade e o verdadeiro prazer nesta vida, mas possui uma força refinadora sobre o caráter, elevando-o. O estudo diário das preciosas palavras de vida encontradas nas Escrituras, revigora o intelecto, promovendo o conhecimento das grandes e gloriosas obras de Deus na natureza. Mediante o estudo da Bíblia aprendemos a viver de maneira a fruir a maior soma de pura felicidade. O estudioso da Bíblia acha-se também provido de argumentos escriturísticos de modo a poder enfrentar as dúvidas dos incrédulos, removendo-as pela brilhante luz da verdade. Os que pesquisam as Escrituras podem estar sempre fortalecidos contra as tentações de Satanás; é-lhes possível estar cabalmente preparados para toda boa obra, e apercebidos para dar a quem quer que os interrogue, a razão da esperança que os possui. ... TS1 357 3 Ao orardes, queridos jovens, para que não sejais induzidos à tentação, lembrai-vos de que vossa parte não se limita a orar. Cumpre-vos então responder o mais possível a vossa oração, com o resistir às tentações, e deixai ao cuidado de Jesus o que não vos é possível fazer em vosso benefício. Não podeis guardar-vos demasiado em palavras e comportamento, de modo a não convidardes o inimigo a tentar-vos. Muitos de nossos jovens, devido a sua descuidosa desconsideração para com as advertências e reprovações que lhes são feitas, abrem de par em par a porta a Satanás. Tendo a Palavra de Deus como nosso guia, e Jesus como nosso Mestre divino, não precisamos ignorar-Lhe as reivindicações nem os ardis do inimigo, sendo vencidos por suas tentações. Não será desagradável a tarefa de obedecer à vontade de Deus, quando nos entregamos inteiramente à direção de Seu Espírito. ------------------------Capítulo 73 -- Dízimos e ofertas TS1 359 1 A missão da igreja de Cristo é salvar os pecadores que estão a perecer. É divulgar o amor de Deus aos homens, conquistando-os para Cristo pela eficácia daquele amor. A verdade para este tempo deve ser levada aos tenebrosos recantos da Terra, e esta obra pode começar em casa. Os seguidores de Cristo não devem viver egoistamente; antes, imbuídos do Espírito de Cristo, trabalhar em harmonia com Ele. TS1 359 2 Há motivos para a frieza e incredulidade atuais. O amor do mundo e os cuidados da vida separam a alma de Deus. A água da vida precisa estar em nós, de nós emanando, saltando para a vida eterna. Cumpre-nos operar exteriormente aquilo que Deus opera no interior. Caso o cristão queira fruir a luz da vida, precisa aumentar seus esforços para levar outros ao conhecimento da verdade. Sua vida deve caracterizar-se pelo esforço e sacrifício para beneficiar a outros; então não haverá queixa de falta de satisfação. TS1 359 3 Os anjos acham-se sempre empenhados em trabalhar pela felicidade dos outros. É este o seu prazer. Aquilo que seria considerado serviço humilhante por parte de corações egoístas -- servir aos que são indignos e considerados inferiores em caráter e posição -- é a obra dos puros e inocentes anjos das reais cortes celestes. O espírito de abnegado amor de Cristo é o que domina no Céu, constituindo a própria essência de sua bem-aventurança. TS1 359 4 Os que não experimentam nenhum prazer especial em buscar ser uma bênção aos outros, em trabalhar, mesmo com sacrifício, para lhes fazer bem, não podem ter o espírito de Cristo ou do Céu; pois não têm união com a obra dos santos anjos, nem podem participar da bem-aventurança que lhes comunica elevada alegria. Disse Cristo: "Digo-vos que assim haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." Lucas 15:7. Se a alegria dos anjos é ver os pecadores se arrependerem, não será o regozijo dos pecadores, salvos pelo sangue de Jesus, ver outros se arrependerem e voltarem para Cristo por intermédio deles? Experimentaremos, em trabalhar em harmonia com Cristo e os santos anjos, uma alegria que não pode ser sentida senão nessa obra. TS1 360 1 Os princípios da cruz de Cristo levam todos quantos crêem à rigorosa obrigação de negarem-se a si mesmos, comunicarem luz aos outros, e darem de seus meios para difundir a luz. Se eles se acharem em comunhão com o Céu, empenhar-se-ão na obra em harmonia com os anjos. TS1 360 2 O princípio dos mundanos é tirar o máximo que lhes for possível das perecíveis coisas desta vida. O amor do lucro egoísta, eis o princípio dirigente de sua vida. A mais pura alegria, porém, não se encontra em riquezas, nem na cobiça que sempre deseja ansiosamente mais, mas onde reina contentamento, e onde o abnegado amor é o princípio dominante. Há milhares de criaturas que passam a vida na satisfação de suas inclinações, mas cujo coração vive cheio de pesar. São vítimas do egoísmo e do descontentamento, no vão esforço de satisfazer o espírito pela condescendência com o próprio eu. Em sua fisionomia, no entanto, acha-se estampada a infelicidade, e na sua influência encontra-se um deserto, pela ausência de boas obras que há em sua vida. TS1 360 3 À medida que o amor de Cristo nos enche o coração e rege a existência, a cobiça, o egoísmo e o amor da comodidade serão vencidos, e nosso prazer consistirá em fazer a vontade de Cristo, de quem professamos ser servos. Nossa felicidade será então proporcional a nossas obras abnegadas, inspiradas pelo amor de Jesus. TS1 360 4 No plano da salvação, a sabedoria divina designou a lei da ação e reação, tornando a obra de beneficência em todos os seus ramos, duplamente bendita. O que dá aos necessitados, beneficia a outros, e é ele próprio beneficiado em grau ainda maior. Deus poderia haver conseguido Seu objetivo na salvação dos pecadores, sem o auxílio do homem; sabia, porém, que o homem não podia ser feliz sem desempenhar uma parte na grande obra em que cultivaria a abnegação e a beneficência. TS1 361 1 Para que o homem não perdesse os benditos resultados da beneficência, nosso Redentor elaborou o plano de alistá-lo como Seu cooperador. Mediante uma cadeia de circunstâncias que lhe despertaria a caridade, concede ao homem os melhores meios de cultivar a beneficência, e conserva-o dando habitualmente para ajudar os pobres e Lhe promover a causa. Manda os pobres como representantes Seus. Através das necessidades deles, o mundo arruinado está a extrair de nós talentos de meios e de influência a fim de apresentar-lhes a verdade, por falta da qual estão a perecer. E ao atendermos a esses pedidos por meio de trabalho e de atos de beneficência, somos transformados à imagem dAquele que por amor de nós Se tornou pobre. Dando, beneficiamos a outros, acumulando assim verdadeiras riquezas. Interesses mundanos e tesouros celestes TS1 361 2 Tem havido grande falta de beneficência cristã na igreja. Aqueles que mais habilitados se achavam a promover o avançamento da causa de Deus, não fizeram senão um pouco. Misericordiosamente, tem o Senhor trazido ao conhecimento da verdade uma classe de pessoas, a fim de que lhe apreciassem o incalculável valor, em comparação com os tesouros terrestres. Jesus disse a essas pessoas: "Segue-me." Lucas 5:27. Ele as está provando com um convite para a ceia que tem preparado. Está observando a ver que caráter elas desenvolverão, se seus próprios interesses egoístas serão considerados de maior valor que as riquezas eternas. Muitos desses queridos irmãos estão agora, mediante suas ações, formulando as desculpas mencionadas na seguinte parábola: TS1 361 3 "Porém Ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos. E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está preparado. E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas por escusado. E outro disse: Casei, e portanto não posso ir. E, voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o pai de família, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, e aleijados, e mancos e cegos." Lucas 14:16-21. TS1 362 1 Essa parábola representa apropriadamente a condição de muitos que professam crer na verdade presente. O Senhor lhes mandou um convite para a ceia que lhes preparou com grande custo; os interesses mundanos, porém, afiguram-se-lhes de maior importância que o tesouro celeste. São convidados a tomar parte em coisas de valor eterno; mas sua fazenda, o gado e os interesses domésticos lhes parecem de tão maior importância que o atender ao convite celestial, que sobrepujam a toda atração divina, e essas coisas terrestres são apresentadas como desculpas por sua desobediência à ordem celeste: "Vinde que já tudo está preparado." Lucas 14:17. Esses irmãos estão cegamente seguindo o exemplo das pessoas apresentadas na parábola. Olham suas possessões terrenas, e dizem: "Não, Senhor, não Te posso seguir; rogo-Te que me hajas por escusado." TS1 362 2 As próprias bênçãos dadas por Deus a esses homens para prová-los, para ver se eles dão "a Deus o que é de Deus", empregam eles como desculpa para não obedecerem às reivindicações da verdade. Cingiram nos braços seu tesouro terrestre, e dizem: "Preciso cuidar destas coisas; não posso negligenciar as coisas desta vida; estas coisas são minhas." Assim se tem o coração desses homens tornado tão insensível à impressão como a terra batida das estradas. Eles fecham a porta do coração ao mensageiro celeste, que diz: "Vinde, que já tudo está preparado", e abrem-na bem, convidando à entrada as preocupações e cuidados de negócios deste mundo; em vão bate Jesus para ser admitido. O jugo do egoísmo TS1 363 1 O coração dessas pessoas está tão semeado de espinhos e cheio dos cuidados desta vida, que as coisas celestes não podem aí encontrar lugar. Jesus convida os cansados e oprimidos, prometendo-lhes descanso se a Ele forem ter. Convida-os a permutar o mortificante jugo do egoísmo e da cobiça, que os torna escravos de Mamom, por Seu jugo, que diz ser suave, e por Seu fardo, que é leve. Diz Ele: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. Ele quer que ponham de lado os pesados fardos do cuidado e perplexidade mundanos, e tomem Seu jugo que é abnegação e sacrifício pelos outros. Este fardo demonstrar-se-á leve. Os que se recusam a aceitar o alívio que Cristo lhes oferece, e continuam a levar o mortificante jugo do egoísmo, sobrecarregando sua alma em extremo com projetos a fim de acumular dinheiro para satisfações egoístas, não experimentaram a paz e o descanso que se encontram em levar o jugo de Cristo, e em carregar os fardos da abnegação e da desinteressada beneficência carregados por Cristo em seu favor. TS1 363 2 Quando o amor do mundo toma posse do coração, e se torna paixão dominante, não fica margem para a adoração a Deus; pois as mais elevadas faculdades do espírito subordinam-se à servidão de Mamom, e não podem reter os pensamentos acerca de Deus e do Céu. A mente perde a lembrança do Senhor, estreitando-se e atrofiando-se na acumulação de dinheiro. TS1 363 3 Em virtude do egoísmo e amor do mundo, esses homens têm vivido cada vez com menos senso da magnitude da obra para estes últimos dias. Não educaram o espírito de modo a fazer do serviço de Deus sua ocupação. Não têm experiência nesse sentido. Suas posses lhes absorvem as afeições e eclipsam a magnitude do plano da salvação. Enquanto prosperam e ampliam seus empreendimentos mundanos, não vêem nenhuma necessidade de estender-se e aumentar-se a obra de Deus. Empregam os meios de que dispõem em coisas temporais e não nas eternas. O coração ambiciona mais recursos. Deus os tornou depositários de Sua lei, de modo que deixassem brilhar para os outros a luz que tão generosamente lhes foi concedida. Mas têm por tal forma acrescentado os próprios cuidados e ansiedades, que não têm tempo de beneficiar a outros com sua influência, de conversar com os vizinhos, de orar com eles e por eles, e procurar trazê-los ao conhecimento da verdade. TS1 364 1 Esses homens são responsáveis pelo bem que poderiam fazer, mas se desculpam por causa de cuidados e encargos mundanos que lhes obscurecem a mente e absorvem as afeições. Almas por quem Cristo morreu poderiam ser salvas por seus esforços pessoais e um piedoso exemplo. Almas preciosas se acham a perecer por falta da luz que Deus deu aos homens para que se refletisse na vereda dos outros. A preciosa luz, no entanto, é oculta sob o alqueire, e não ilumina os que estão na casa. A parábola dos talentos TS1 364 2 Todo homem é um mordomo de Deus. A cada um confiou o Mestre Seus meios; mas os homens pretendem que esses meios são propriedade sua. Diz Cristo: "Negociai até que Eu venha." Lucas 19:13. Vem o tempo em que Cristo exigirá o Seu com os juros. Dirá a cada um de Seus mordomos: "Dá contas da tua mordomia." Lucas 16:2. Os que esconderam o dinheiro de seu Senhor em um lenço na terra, em vez de dá-lo aos banqueiros, e os que esbanjaram o dinheiro de seu Senhor gastando-o em coisas desnecessárias, em vez de pô-lo a render empregando-o em Sua causa, não receberão a aprovação do Mestre, mas decisiva condenação. O servo inútil da parábola levou de volta o único talento a Deus, e disse: "Senhor, eu conhecia-Te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o Teu talento; aqui tens o que é Teu." O Senhor pega-lhe nas palavras: "Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias então ter dado o Meu dinheiro aos banqueiros, e, quando Eu viesse, receberia o Meu com os juros." Mateus 25:24-27. TS1 365 1 Este servo inútil não ignorava os planos de Deus, mas resolveu-se firmemente a impedir-Lhe o desígnio, acusando-o de injustiça em exigir lucro dos talentos a ele confiados. Esta mesma queixa e murmuração é feita por vasta classe de ricos que professam crer na verdade. Como o servo infiel, temem que o aumento do talento a eles emprestado por Deus seja requerido para promover o avançamento da verdade; atam-no, portanto, empregando-o em tesouros terrenos, e enterrando-o no mundo, pondo-o assim tão seguro que não tenham nada, ou quase nada para depositar na causa de Deus. Enterraram-no, temendo que o Senhor peça algum do principal ou dos juros. Quando, a pedido de seu Senhor, trazem a quantia que lhes foi entregue, vêm com ingratas desculpas por não haverem posto os meios a eles emprestados por Deus nas mãos dos banqueiros, empregando-os em Sua causa para levar-Lhe a obra avante. Aquele que sonega os bens do Senhor, não somente perde o talento que lhe foi emprestado por Deus, mas perde a própria vida eterna. Diz-se a seu respeito: "Lançai pois o servo inútil nas trevas exteriores." Mateus 25:30. O servo fiel que emprega seu dinheiro na causa de Deus para salvar almas, emprega os meios de que dispõe para glória do Senhor, e receberá o louvor do Mestre: "Bem está, servo bom e fiel. Entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Qual será esse gozo de nosso Senhor? É a alegria de ver almas salvas no reino da glória. "O qual pelo gozo que Lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-Se à destra do trono de Deus." Hebreus 12:2. TS1 365 2 A idéia de mordomia devia ter influência prática sobre todo o povo de Deus. A parábola dos talentos devidamente compreendida, excluirá a cobiça, que Deus chama de idolatria. A beneficência prática dará vida espiritual a milhares de professos nominais da verdade que ora lamentam as próprias trevas. Ela os transformará de egoístas e cobiçosos adoradores de Mamom, em zelosos, fiéis colaboradores de Cristo na salvação dos pecadores. Abnegação e sacrifício TS1 366 1 O plano da salvação fundamentou-se no sacrifício. Jesus deixou as cortes reais, e fez-Se pobre, para que por Sua pobreza nos pudéssemos enriquecer. Todos quantos participam desta salvação, comprada para eles com tão infinito sacrifício pelo Filho de Deus, seguirão o exemplo do Modelo Verdadeiro. Cristo foi a principal pedra de esquina, e cumpre-nos edificar sobre esse fundamento. Todos devem ter espírito de abnegação e sacrifício. A vida de Cristo na Terra foi de renúncia; assinalou-se pela humilhação e o sacrifício. E hão de os homens, participantes da grande salvação que Jesus veio do Céu trazer-lhes, recusarem-se a seguir a seu Senhor, partilhando de Sua abnegação e sacrifício? Diz Cristo: "Eu sou a videira, vós as varas." João 15:5. "Toda vara em Mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto." João 15:2. O próprio princípio vital, a seiva que corre através da videira, nutre os ramos, a fim de florescerem e darem fruto. É o servo maior que seu Senhor? Há de o Redentor do mundo exercer a renúncia e o sacrifício em nosso favor, e os membros do corpo de Cristo entregarem-se à complacência consigo mesmos? A abnegação é condição essencial do discipulado. TS1 366 2 "Então disse Jesus aos Seus discípulos: Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mateus 16:24. Eu tomo a dianteira na vereda da renúncia. Não exijo de vós, Meus seguidores, coisa alguma senão aquilo de que Eu, vosso Senhor, vos dou o exemplo em Minha vida. TS1 367 3 O Salvador do mundo venceu Satanás no deserto da tentação. Venceu para mostrar ao homem como ele pode vencer. Ele anunciou na sinagoga de Nazaré: "O Espírito do Senhor é sobre Mim, pois que Me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-Me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos; a anunciar o ano aceitável do Senhor." Lucas 4:18, 19. TS1 367 1 A grande obra que Jesus anunciou que viera fazer, foi confiada a Seus seguidores na Terra. Cristo, como nossa cabeça, serve de guia na grande obra de salvação, e pede-nos que Lhe sigamos o exemplo. Deu-nos uma mensagem mundial. Esta verdade deve estender-se a todas as nações, línguas e povos. O poder de Satanás devia ser contestado, e ele vencido por Cristo e também por Seus seguidores. Ampla guerra devia ser mantida contra os poderes das trevas. E a fim de fazer essa obra com êxito, eram necessários meios. Deus não Se propõe a mandar recursos diretamente do Céu, mas põe nas mãos de Seus seguidores talentos de meios para serem usados para o fim definido de manter esta luta. O sistema do dízimo TS1 367 2 Ele deu a Seu povo um plano para levantamento de fundos suficientes para esse empreendimento se manter por si mesmo. O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e eqüidade. Todos podem dele lançar mão com fé e ânimo, pois é divino em sua origem. Nele se aliam a simplicidade e a utilidade, e não exige profundidade de saber o compreendê-lo e executá-lo. Todos podem sentir que lhes é possível ter parte em promover a preciosa obra de salvação. Todo homem, mulher e jovem se pode tornar tesoureiro do Senhor, e agente em atender às exigências sobre o tesouro. Diz o apóstolo: "Cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." 1 Coríntios 16:2. TS1 367 3 Grandes objetivos se conseguem com este sistema. Se todos o aceitassem, cada um se tornaria vigilante e fiel tesoureiro de Deus; e não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de anunciar a última mensagem de advertência ao mundo. O tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema, e os contribuintes não ficarão mais pobres. A cada depósito feito, tornar-se-ão mais ligados à causa da verdade presente. Eles estarão entesourando "para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:19. TS1 368 1 À medida que os obreiros perseverantes, sistemáticos, virem que a tendência de seus beneficentes esforços é nutrir o amor para com Deus e seus semelhantes, e que seus esforços pessoais estão a estender-lhes a esfera de utilidade, compreenderão que é grande bênção ser cooperadores de Cristo. A igreja cristã, em geral, está-se negando aos reclamos de Deus quanto a darem ofertas do que possuem para sustentar a luta contra a treva moral que vai inundando o mundo. A obra de Deus nunca poderá progredir como deve enquanto os seguidores de Cristo não se tornarem obreiros ativos e zelosos. TS1 368 2 Todo indivíduo na igreja deve sentir que a verdade que ele professa é uma realidade, e todos devem ser obreiros desinteressados. Alguns ricos acham-se inclinados a murmurar por estar a obra de Deus se ampliando e haver pedidos de dinheiro. Dizem que não há fim a esses pedidos. Surge continuamente um objetivo após outro, demandando auxílio. A esses, gostaríamos de dizer que esperamos que a causa de Deus se estenda por tal forma, que haja maior ocasião, e mais freqüentes e urgentes apelos quanto às provisões do tesouro para prosseguir com a obra. TS1 368 3 Se o plano da doação sistemática fosse adotado por todo indivíduo, sendo plenamente levado avante, haveria constante suprimento no tesouro. A renda fluiria para ele qual constante corrente, sem cessar, provida pelas fontes transbordantes da beneficência. O dar ofertas faz parte da religião evangélica. Não nos impõe a consideração do infinito preço pago por nossa redenção obrigações solenes, do ponto de vista financeiro, da mesma maneira que reclama de nós o devotamente de todas as nossas energias à obra do Mestre? TS1 369 1 Teremos contas a ajustar afinal com o Mestre, quando Ele disser: "Dá contas da tua mordomia." Lucas 16:2. Se os homens preferirem pôr de lado os reclamos de Deus, e apegarem-se a tudo quanto Ele lhes dá, retendo-o egoistamente, Ele Se calará por agora, e continuará a prová-los freqüentemente mediante o acréscimo de Suas liberalidades, deixando fluírem Suas bênçãos, e esses homens poderão continuar a receber honras de seus semelhantes, e não ser censurados na igreja; mas finalmente Ele dirá: "Dá contas da tua mordomia." Lucas 16:2. Diz Cristo: "Quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim." Mateus 25:45. "Não sois de vós mesmos"; "porque fostes comprados por bom preço", e estais na obrigação de glorificar a Deus com os vossos meios bem como com o vosso corpo e espírito, que são Seus. "Fostes comprados por bom preço", não "foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro", "mas com o precioso sangue de Cristo." 1 Pedro 1:18, 19. Ele pede uma retribuição dos dons que nos confiou, para ajudar na salvação de almas. Deu Seu sangue; pede nossa prata. É mediante Sua pobreza que nos tornamos ricos; e recusar-nos-emos a devolver-Lhe as próprias dádivas que nos fez? Coobreiros de Deus TS1 369 2 Deus não depende dos homens para a manutenção de Sua causa. Poderia haver mandado meios diretamente do Céu para suprir Seu tesouro, caso assim houvesse Sua providência achado melhor para o homem. Poderia ter idealizado meios pelos quais fossem enviados anjos para anunciar a verdade ao mundo sem a cooperação humana. Poderia haver escrito a verdade nos Céus, e deixar que isso declarasse ao mundo os mandamentos em caracteres vivos. Deus não depende da prata ou ouro de homem algum. Diz Ele: "Meu é todo o animal da selva, e as alimárias sobre milhares de montanhas." "Se Eu tivesse fome, não to diria, pois Meu é o mundo e a sua plenitude." Salmos 50:10, 12. Seja qual for a necessidade de nossa participação no progresso da causa de Deus, isso foi propositadamente arranjado por Ele para nosso bem. Honrou-nos tornando-nos coobreiros Seus. Determinou que houvesse necessidade da cooperação dos homens, para que sua liberalidade seja mantida em exercício. TS1 370 1 Em Sua sábia providência, Deus pôs os pobres sempre ao nosso lado, para que, ao vermos todas as formas de sofrimento e miséria no mundo, fôssemos provados, e colocados em situações de desenvolver caráter cristão. Pôs os pobres entre nós para despertar-nos simpatia e amor cristãos. TS1 370 2 Ficam em ignorância e em trevas pecadores a perecer, a menos que haja homens que lhes levem a luz da verdade. Deus não mandará anjos do Céu para fazer a obra que deixou para ser feita pelo homem. A todos Ele deu um trabalho, pela própria razão de poder prová-los, e de revelarem seu verdadeiro caráter. Cristo coloca em nosso meio os pobres como Seus representantes. "Tive fome", diz Ele, "e não Me destes de comer, tive sede, e não Me destes de beber." Mateus 25:42. Cristo Se identifica com a sofredora humanidade, na pessoa dos aflitos filhos dos homens. Torna Suas próprias, as necessidades deles, tomando-lhes a peito as desventuras. TS1 370 3 A treva moral de um mundo arruinado pleiteia com os cristãos, homens e mulheres, para exercerem esforços pessoais, darem de seus meios e de sua influência, de modo a serem assemelhados à imagem dAquele que, embora possuísse infinitas riquezas, tornou-Se todavia pobre por amor de nós. O Espírito de Deus não pode permanecer com aqueles a quem Ele mandou a mensagem de Sua verdade, mas que precisam ser insistentemente solicitados para poderem ter qualquer senso do dever que lhes cabe de tornarem-se coobreiros de Cristo. O apóstolo acentua o dever de dar impulsionados por motivos mais elevados, que a simples simpatia humana, devida à comoção. Insiste no princípio de que devemos trabalhar desinteressadamente, visando unicamente a glória de Deus. TS1 371 1 As Escrituras exigem que os cristãos adotem um plano de beneficência ativa, que mantenha em constante exercício o interesse pela salvação de seus semelhantes. A lei moral ordenava a observância do sábado, que não era um fardo, senão quando aquela lei era transgredida, e eles incorriam nas penas trazidas pela transgressão. O sistema dizimal não era nenhuma carga para os que não se apartavam desse plano. O sistema ordenado aos hebreus não foi rejeitado ou afrouxado por Aquele que lhe deu origem. Em vez de haver perdido agora seu vigor, deve ser mais plenamente cumprido e dilatado, pois a salvação em Cristo unicamente deve ser apresentada em maior plenitude na era cristã. TS1 371 2 Jesus declarou ao doutor da lei que as condições de ele ter a vida eterna, eram cumprir em sua vida as reivindicações especiais da lei, que consistiam em amar a Deus de todo o coração, e alma, e entendimento, e forças, e ao próximo como a si mesmo. Quando os sacrifícios simbólicos cessaram, por ocasião da morte de Cristo, a lei original, escrita em tábuas de pedra, permaneceu imutável, conservando sua vigência sobre os homens de todos os séculos. O dever do homem não foi limitado na era cristã, antes mais especialmente definido, e expresso com mais simplicidade. TS1 371 3 O evangelho, estendendo-se e ampliando-se, exigia maiores providências para manter a luta depois da morte de Cristo, o que tornou a lei de dar ofertas necessidade mais urgente que sob o governo hebraico. Agora Deus requer, não menores mas maiores dádivas que em qualquer outro período da história do mundo. O princípio estabelecido por Cristo é que as dádivas e ofertas sejam proporcionais à luz e às bênçãos fruídas. Ele disse: "A qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá." Lucas 12:48. Os primeiros discípulos corresponderam às bênçãos da era cristã em obras de caridade e beneficência. O derramamento do Espírito de Deus, depois que Cristo deixou os discípulos e ascendeu ao Céu, levou a abnegação e sacrifício pela salvação dos outros. Quando os santos pobres de Jerusalém se viram em miséria, Paulo escreveu aos gentios cristãos relativamente às obras de beneficência, e disse: "Como, porém, em tudo, manifestais superabundância, tanto na fé e na palavra como no saber, e em todo cuidado e em nosso amor para convosco, assim também abundeis nesta graça." 2 Coríntios 8:7. A beneficência aqui é colocada ao lado da fé, do amor e da diligência cristã. Os que pensam poderem ser bons cristãos, e cerrarem os ouvidos e o coração aos pedidos de Deus para que sejam liberais, acham-se terrivelmente enganados. Pessoas há que são pródigas em profissão de grande amor à verdade e, no que respeita às palavras, interessam-se muito em ver o progresso da verdade, mas nada fazem por esse progresso. A fé dessas pessoas é morta, não sendo aperfeiçoada pelas obras. O Senhor jamais cometeu tal erro de converter uma pessoa e mantê-la sob o domínio da cobiça. Desde os dias de Adão TS1 372 1 O sistema do dízimo remonta para além dos dias de Moisés. Requeria-se dos homens que oferecessem dons a Deus com intuitos religiosos, antes mesmo que o sistema definido fosse dado a Moisés -- já desde os dias de Adão. Cumprindo o que Deus deles requer, deviam manifestar em ofertas a apreciação das misericórdias e bênçãos a eles concedidas. Isto continuou através de sucessivas gerações, e foi observado por Abraão, que deu dízimos a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo. O mesmo princípio havia nos dias de Jó. Jacó, quando errante e exilado, destituído de bens, deitou-se à noite em Betel, solitário e tendo por travesseiro uma rocha, prometeu ao Senhor: "De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo." Gênesis 28:22. Deus não obriga os homens a dar. Tudo quanto derem, deve ser voluntário. Não quer ter o Seu tesouro cheio de ofertas dadas de má vontade. TS1 372 2 O Senhor visava pôr o homem em íntima relação com Ele e em simpatia e amor com seus semelhantes, quando sobre ele colocou responsabilidades em atos que haviam de neutralizar o egoísmo e fortalecer-lhe o amor para com Deus e o homem. O plano de haver sistema na beneficência, foi destinado por Deus para o bem do homem, inclinado a ser egoísta, a cerrar o coração a atos generosos. O Senhor requer que se dêem dádivas em tempos determinados, sendo arranjado isto de maneira que o dar se torne um hábito, e sinta-se que a caridade é um dever cristão. O coração aberto por uma dádiva, não deve ter tempo de tornar-se egoísta, frio e fechar-se antes que a seguinte seja feita. A corrente deve estar continuamente fluindo, mantendo assim aberto o canal por atos de beneficência. Um décimo da renda TS1 373 1 Quanto à importância exigida, Deus especificou um décimo da renda. Isto fica com a consciência e beneficência dos homens, cujo juízo nesse sistema dizimal deve ser livre. E ao passo que isto fica com a consciência, foi estabelecido um plano bastante definido para todos. Não se exige compulsão. TS1 373 2 Na dispensação mosaica, Deus chamou homens que dessem a décima parte de toda a sua renda. Ele lhes confiou em depósito as coisas desta vida, talentos a serem desenvolvidos e dados de volta a Ele. Exigia um décimo, e isto Ele requer como o mínimo que o homem Lhe deve devolver. Diz: Dou-vos nove décimos, ao passo que exijo um décimo; este é Meu. Quando os homens o retêm, estão roubando a Deus. As ofertas pelo pecado, as ofertas pacíficas e as de gratidão, também eram requeridas além do dízimo das rendas. TS1 373 3 Tudo quanto é retido daquilo que Deus requer, a décima parte do rendimento, é registrado nos livros do Céu como roubo a Ele feito. Essas pessoas defraudam a seu Criador; e ao ser-lhes apontado esse pecado de negligência, não basta que mudem de direção e comecem a seguir daí em diante o reto princípio. Isto não alterará os algarismos registrados no Céu pela sonegação da propriedade que lhes foi confiada para ser devolvida Àquele que a emprestou. Exige-se arrependimento pelo trato infiel e a ingratidão para com Deus. TS1 374 1 "Roubará o homem a Deus? todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos? nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança." Malaquias 3:8-10. Dá-se aí uma promessa -- que se todos os dízimos forem levados à casa do tesouro, derramar-se-á sobre o obediente uma bênção de Deus. TS1 374 2 "E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo vos não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos." Malaquias 3:11, 12. Se todos quantos professam crer na verdade satisfizerem às reivindicações de Deus no dar o dízimo, que o Senhor declara ser Seu, o tesouro estará abundantemente provido de recursos para levar avante a grande obra da salvação dos homens. TS1 374 3 Deus dá ao homem nove décimos, ao passo que reclama apenas um décimo para fins sagrados, da mesma maneira que deu ao homem seis dias para seu trabalho, e reservou e pôs à parte o sétimo dia para Si. Pois, como o sábado, um décimo da renda é sagrado; Deus o reservou para Si. Ele levará avante Sua obra na Terra com a renda dos meios que confiou ao homem. TS1 374 4 Deus exigia de Seu antigo povo três reuniões anuais. "Três vezes no ano todo o varão entre ti aparecerá perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher: na festa dos pães asmos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Porém não aparecerá vazio perante o Senhor; cada qual, conforme ao dom da sua mão, conforme à bênção que o Senhor teu Deus te tiver dado." Deuteronômio 16:16, 17. Nada menos que um terço de suas rendas eram consagradas a fins sagrados e religiosos. TS1 375 1 Sempre que o povo de Deus, em qualquer período do mundo, seguiu voluntária e alegremente o plano dEle quanto à doação sistemática e às dádivas e ofertas, verificaram Sua permanente promessa de que todos os seus labores seriam seguidos de prosperidade proporcional à obediência que dispensavam ao que deles requeria. Quando reconheciam os direitos de Deus, e Lhe satisfaziam às reivindicações, honrando-O com seus recursos, seus celeiros enchiam-se de abundância. Mas, quando roubavam a Deus em dízimos e ofertas, era-lhes feito compreender que não O estavam roubando a Ele simplesmente, mas a si mesmos; pois Ele lhes limitava as bênçãos exatamente em proporção ao que eles limitavam as ofertas que Lhe faziam. Não é um fardo penoso TS1 375 2 Alguns classificarão isto como uma das rigorosas leis a que os hebreus estavam obrigados. Não era um fardo, porém, para o coração voluntário que amava a Deus. Unicamente quando sua natureza egoísta era fortalecida pelo reter, é que os homens perdiam de vista as considerações eternas, estimando seus bens terrenos acima das almas. Há nestes últimos dias necessidades ainda mais urgentes sobre o Israel de Deus do que sobre o antigo Israel. Há uma grande e importante obra a ser realizada em muito pouco tempo. Nunca foi desígnio do Senhor que a lei do sistema dizimal deixasse de ser considerada entre Seu povo; em lugar disto, porém, pretendia que o espírito de sacrifício se ampliasse e se tornasse mais profundo para a finalização da obra. TS1 375 3 A doação sistemática não se deveria tornar compulsão sistemática. É a oferta voluntária que é aceitável a Deus. A verdadeira beneficência cristã brota do princípio do amor agradecido. Não pode existir amor a Cristo, sem amor correspondente para com aqueles por cuja redenção Ele veio ao mundo. O amor a Cristo deve ser o princípio dominante do ser, regendo todas as emoções e dirigindo todas as energias. O amor redentor deve despertar todas as ternas afeições e abnegado devotamento que possa existir no coração do homem. Assim sendo, não se precisam fazer apelos comovedores para lhes vencer o egoísmo e despertar os adormecidos sentimentos de compassividade a fim de atrair ofertas de beneficência para a preciosa causa da verdade. TS1 376 1 Com sacrifício infinito nos comprou Jesus. Todas as nossas aptidões e influência, pertencem, de fato a nosso Salvador, devendo ser consagradas a Seu serviço. Manifestamos, assim fazendo, nossa gratidão por termos sido libertados da servidão do pecado pelo precioso sangue de Cristo. Nosso Salvador está continuamente trabalhando por nós. Subiu ao alto, e intercede pelos que foram adquiridos por Seu sangue. Ele alega diante de Seu Pai as agonias da crucifixão. Ergue as mãos feridas e intercede por Sua igreja, para que sejam livrados de cair em tentação. TS1 376 2 Se nossa percepção fosse avivada para compreender esta maravilhosa obra de nosso Salvador por nossa redenção, nosso coração seria abrasado de profundo e ardente amor. Sentir-nos-íamos alarmados por nossa apatia e fria indiferença. Inteira devoção e espírito de beneficência, inspirados por um amor agradecido, comunicarão à mínima oferta, ao sacrifício voluntário, fragrância divina, emprestando à dádiva inapreciável valor. Depois, porém, de ofertar voluntariamente tudo quanto nos seja possível a nosso Redentor, por mais valioso que seja para nós, se considerarmos nossa dívida de gratidão para com Deus tal como em verdade é, tudo quanto possamos ter oferecido se nos afigurará demasiado insuficiente e pequenino. Os anjos tomam no entanto essas ofertas, que nos parecem pobres, apresentam-nas como fragrantes dádivas diante do trono, e são aceitas. TS1 376 3 Não compreendemos, como seguidores de Cristo, nossa verdadeira posição. Não temos correta visão de nossas responsabilidades como servos assalariados de Cristo. Ele nos adiantou a recompensa, em Sua vida de sofrimento e no sangue derramado, a fim de a Ele nos ligar em voluntária servidão. Tudo quanto de bom possuímos, é um empréstimo a nós feito por nosso Salvador. Ele nos fez mordomos. Nossas menores ofertas, os mais humildes serviços que prestamos, apresentados com fé e amor, podem ser dádivas consagradas para granjear almas para o serviço do Mestre, e promover-Lhe a glória. O interesse e a prosperidade do reino de Cristo deve ser superior a todas as outras considerações. Os que tornam seu prazer e interesse egoísta os principais objetivos de sua vida, não são mordomos fiéis. TS1 377 1 Os que se negam a si mesmos a fim de beneficiar a outros, e se consagram com tudo quanto têm ao serviço de Cristo, experimentarão a felicidade que em vão procura o egoísta. Disse nosso Salvador: "Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser Meu discípulo." Lucas 14:33. A caridade "não busca os seus interesses". 1 Coríntios 13:5. Isto é o fruto daquele amor e beneficência desinteressados que caracterizavam a vida de Cristo. A lei de Deus em nosso coração, subordinará os próprios interesses às considerações elevadas e eternas. Tesouros na terra TS1 377 2 Cristo nos ordena buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça. É este nosso primeiro e mais alto dever. Nosso Mestre advertiu expressamente Seus servos a não acumularem tesouros na Terra; pois assim fazendo, o coração lhes ficaria nas coisas terrenas em vez de nas celestes. Eis onde muita pobre alma tem naufragado na fé. Têm ido diretamente em contrário à expressa ordem de nosso Senhor, e permitido que o amor do dinheiro se torne em sua vida a paixão dominante. São intemperantes em seus esforços para adquirir meios. Acham-se tão intoxicados pelo desejo de riquezas, como o ébrio com as bebidas. TS1 377 3 Esquecem-se os cristãos de que são servos do Mestre; de que eles próprios, o tempo e tudo quanto lhes pertence, dEle são. Muitos são tentados, e a maioria vencida, pelas ilusórias seduções que Satanás apresenta para empregarem seu dinheiro naquilo que maior lucro lhes trouxer. Poucos são os que consideram os sagrados direitos que Deus tem sobre eles quanto a darem o primeiro lugar às necessidades de Sua causa, atendendo por último aos próprios desejos. Poucos apenas põem na causa de Deus proporcionalmente a seus meios. Muitos empregaram o dinheiro em propriedades que precisariam vender antes de poder empregá-lo na causa do Senhor, pondo-o assim em uso prático. Fazem disso uma desculpa para não fazer senão pouca coisa na causa de seu Redentor. Enterram tão verdadeiramente o dinheiro na terra, como o fez o homem da parábola. Roubam a Deus do dízimo que Ele reclama como Seu, e roubando-O assim, roubam-se a si mesmos do tesouro celeste. Para benefício do homem TS1 378 1 O plano da doação sistemática não pesa muito em ninguém. "Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que se não façam as coletas quando eu chegar." 1 Coríntios 16:1, 2. Os pobres não são excluídos do privilégio de dar. Da mesma maneira que os ricos, eles podem ter uma parte nessa obra. A lição dada por Cristo quanto às duas moedinhas da viúva, mostra-nos que as menores ofertas voluntárias do pobre, se dadas de coração, com amor, são tão aceitáveis como os maiores donativos feitos pelos ricos. TS1 378 2 Nas balanças do santuário, as dádivas dos pobres, impulsionadas pelo amor a Cristo, não são avaliadas segundo a importância doada, mas de acordo com o amor que inspira o sacrifício. As promessas de Jesus serão verificadas pelo pobre liberal, que pouco tem para dar mas oferece esse pouco de boa vontade, tão certamente como o serão pelo rico que dá de sua abundância. O pobre faz de seu pouco um sacrifício que lhe custa realmente. Renuncia a algumas coisas de que na verdade necessita para o próprio conforto, ao passo que o rico oferece de sua abundância, e não sente falta, não renuncia a nada de que realmente necessite. Há, portanto, na oferta do pobre, uma santidade que não se encontra na do rico; pois este dá de sua fartura. A providência de Deus delineou todo o plano da doação sistemática para bem do homem. Sua providência não cessa nunca. Caso os servos de Deus a sigam nos caminhos que abre, serão todos obreiros ativos. TS1 379 1 Os que retêm do tesouro de Deus, e acumulam os meios de que dispõem para seus filhos, põem em risco o interesse espiritual dos mesmos. Colocam suas propriedades, que são pedra de tropeço para eles, no caminho dos filhos, de modo a que nela tropecem para perdição. Muitos estão cometendo grande erro com relação às coisas desta vida. Economizam, privando-se a si e aos outros do bem que poderiam desfrutar do devido emprego dos meios que Deus lhes emprestou, e tornam-se egoístas e avarentos. Negligenciam os interesses espirituais, e tornam-se anões no desenvolvimento religioso, tudo por amor de acumular riqueza que não podem usar. Deixam aos filhos esses bens, e nove vezes em dez, eles são aos herdeiros ainda maior maldição do que lhes foram a eles próprios. Os filhos, confiados na propriedade dos pais, deixam freqüentemente de ser bem-sucedidos na vida presente, fracassando por completo no que respeita à vindoura. TS1 379 2 O melhor legado que os pais podem deixar aos filhos, é o conhecimento do trabalho útil, e o exemplo de uma vida caracterizada pela desinteressada beneficência. Por uma vida assim mostram eles o verdadeiro valor do dinheiro, que só deve ser apreciado pelo bem que pode realizar no suprir as próprias necessidades e as dos outros, e no promover o avançamento da causa de Deus. A responsabilidade do pobre TS1 379 3 Alguns estão prontos a dar segundo o que têm, e acham que Deus não tem mais a exigir deles, porquanto não possuem muitos recursos. Não têm rendas que possam poupar das necessidades da família. Muitos desses, porém, poder-se-iam perguntar: Estou eu dando segundo poderia ter possuído? O desígnio de Deus era que suas faculdades físicas e mentais fossem empregadas. Alguns não têm aproveitado da melhor maneira as aptidões que Deus lhes concedeu. O homem foi premiado com o labor. Este foi ligado à maldição, pois que o pecado o tornou necessário. O bem-estar físico, mental e moral do homem torna necessária uma vida de útil labor. "Não sejais vagarosos no cuidado", é a recomendação do inspirado apóstolo Paulo. TS1 380 1 Pessoa alguma, seja rica seja pobre, pode glorificar a Deus por uma vida de indolência. Todo o capital possuído pelos pobres, é o tempo e as forças físicas; e muitas vezes isto é gasto no amor da comodidade e em descuidosa indolência, de modo que nada têm para levar a seu Senhor em dízimos e ofertas. Se a homens cristãos falta sabedoria para trabalhar da maneira mais proveitosa, e fazer dedicado emprego de suas faculdades físicas e mentais, deveriam ter humildade e mansidão de espírito para receber conselhos de seus irmãos, de modo que o melhor discernimento deles lhes possa suprir as deficiências. Muitos pobres agora satisfeitos com não fazer coisa alguma em benefício de seus semelhantes e para o progresso da causa de Deus, muito poderiam fazer, caso o quisessem. São tão responsáveis diante de Deus por seu capital de forças físicas, como é o rico pelo capital em dinheiro. TS1 380 2 Alguns, que deviam pôr dinheiro nos tesouros de Deus, serão recipientes do mesmo. Pessoas há que agora são pobres, as quais poderiam melhorar suas condições mediante cuidadoso emprego do tempo, evitando os direitos de patentes, e restringindo a própria inclinação para se empenharem em especulações a fim de obterem recursos por meios mais fáceis do que por meio de paciente e perseverante labor. Se aqueles que não têm tido êxito na vida estivessem dispostos a receber instruções, exercitar-se-iam em hábitos de abnegação, e estrita economia, tendo assim a satisfação de serem distribuidores e não recebedores da caridade. Há muito servo negligente. Caso fizessem o que está em seu poder, experimentariam tão grande bênção em ajudar os outros, que compreenderiam na verdade que "mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". Atos dos Apóstolos 20:35. TS1 381 1 Devidamente orientada, a beneficência exercita as energias mentais e morais do homem, estimulando-as a uma ação muito sadia no beneficiar os necessitados e promover a causa de Deus. Caso os que têm meios compreendessem que são responsáveis diante de Deus por todo dinheiro que gastam, seriam muito menos suas supostas necessidades. Se a consciência estivesse viva, testificaria de desnecessárias apropriações para satisfação do apetite, do orgulho, da vaidade e do amor dos entretenimentos, e mostraria o desperdício do dinheiro do Senhor, que devia ter sido dedicado a Sua causa. Os que desperdiçam os bens do Senhor, hão de afinal dar contas de seu procedimento ao Mestre. Advertência aos ricos TS1 381 2 Se os professos cristãos empregassem menos de seus bens em adornar o corpo e em embelezar a própria morada, e gastassem menos em luxos extravagantes e destruidores da saúde em sua mesa, muito maiores seriam as somas que poderiam colocar no tesouro de Deus. Imitariam assim a seu Redentor, que deixou o Céu, Suas riquezas, Sua glória, e por amor de nós tornou-Se pobre, a fim de podermos possuir as riquezas eternas. Se somos demasiado pobres para devolver fielmente a Deus os dízimos e ofertas requeridos por Ele, somos por certo pobres demais para trajar-nos custosamente e comermos com luxo; pois desperdiçamos assim o dinheiro de nosso Senhor em satisfações nocivas, para agradar-nos e glorificar-nos a nós mesmos. Cumpre examinar-nos diligentemente: Que tesouro asseguramos nós no reino de Deus? Somos ricos para com Deus? TS1 381 3 Jesus deu a Seus discípulos uma lição sobre a cobiça. "E propôs-lhes uma parábola, dizendo: A propriedade de um homem rico tinha produzido com abundância; e arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, e folga. Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus." Lucas 12:16-21. TS1 382 1 A extensão e a felicidade da vida não consiste na quantidade de bens terrestres. Esse rico insensato, em seu supremo egoísmo, depositara para si tesouros que não podia usar. Vivera só para si. Aproveitara-se de outros nos negócios, fizera contratos astutos, e não exercera misericórdia ou o amor de Deus. Roubara o órfão e a viúva, e defraudara seus semelhantes a fim de ajuntar a seu crescente depósito de bens terrenos. Ele poderia ter depositado seu tesouro no Céu, em sacos que não envelhecem; mas devido a sua cobiça perdeu ambos os mundos. Aqueles que, humildemente, usam para glória de Deus os meios que lhes são confiados, receberão afinal seu tesouro da mão do Mestre, com a bênção: "Bem está bom e fiel servo; ... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:23. TS1 382 2 Quando consideramos o infinito sacrifício feito pela salvação dos homens, ficamos abismados. Quando o egoísmo clama pela vitória no coração dos homens, e eles são tentados a reter do que poderiam fazer em qualquer boa obra, cumpre-lhes robustecer os princípios do direito ao pensamento de que Aquele que era rico dos tesouros inapreciáveis do Céu, deixou tudo isso, fazendo-Se pobre. Não tinha onde reclinar a cabeça. E todo esse sacrifício foi feito em nosso favor, para que tivéssemos riquezas eternas. TS1 382 3 Cristo palmilhou a estrada da abnegação e do sacrifício que todos os Seus discípulos têm de trilhar, se quiserem afinal ser exaltados com Ele. Abriu o coração às dores que o homem tem de sofrer. A mente dos mundanos fica muitas vezes embotada. Só podem ver as coisas terrenas, as quais eclipsam a glória e o valor das celestiais. Os homens atravessarão terra e mar pelo ganho deste mundo, e suportarão privações e sofrimentos no intuito de conseguirem seu objetivo; todavia afastar-se-ão das atrações celestes, e não apreciarão as riquezas eternas. Os relativamente pobres, são os que normalmente fazem o máximo para sustentar a causa de Deus. São generosos com o pouco que têm. Fortaleceram os impulsos generosos com as contínuas liberalidades. Quando seus gastos pesavam fortemente nas rendas, não lhes deixavam margem ao arraigamento da paixão das riquezas terrestres, nem davam lugar às mesmas. TS1 383 1 Muitos, porém, ao começarem a ajuntar riquezas terrenas, põem-se a calcular quando estarão de posse de determinada quantia. Na ansiedade de acumular fortunas para si, deixam de enriquecer-se para com Deus. A Sua beneficência não se mantém a par com o que acumulam. À medida que lhes cresce a paixão pelas riquezas, as afeições se vão após o seu tesouro. O aumento dos bens lhes robustece o ansioso desejo de mais, até que alguns consideram exigente e injusta a contribuição de um décimo para o Senhor. Diz a Inspiração: "Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração." Salmos 62:10. Muitos têm dito: "Se eu fosse tão rico como Fulano, multiplicaria minhas ofertas ao tesouro de Deus. Não faria com minha riqueza senão promover a causa do Senhor." Ele tem provado alguns destes dando-lhes riquezas; com elas, porém, a tentação se tornou mais forte, e a beneficência tornou-se-lhes incomparavelmente menor que nos dias de sua pobreza. A mente e o coração foram tomados do empolgante desejo de possuir maiores fortunas, e fizeram-se idólatras. Aliança perfeita TS1 383 2 Aquele que apresenta aos homens riquezas infinitas, e uma vida eterna de bem-aventurança em Seu reino como recompensa da obediência fiel, não aceitará um coração dividido. Vivemos entre os perigos dos últimos dias, quando tudo é de molde a desviar a mente e engodar as afeições, afastando-as de Deus. Nosso dever só será discernido e apreciado quando visto à luz que irradia da vida de Cristo. Como o Sol se ergue no oriente e se move para o ocidente, enchendo de luz o mundo, assim o verdadeiro seguidor de Cristo será uma luz para o mundo. Sairá como brilhante luz na Terra, para que os que se encontram em trevas sejam iluminados e aquecidos pelos raios que dele emanam. Diz Cristo acerca de Seus seguidores: "Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte." TS1 384 1 Nosso grande Exemplo era abnegado, e hão de Seus professos seguidores ter uma orientação tão marcadamente contrária à Sua? O Salvador deu tudo pelo mundo agonizante, não Se poupando sequer a Si mesmo. A igreja de Deus está adormecida. Acham-se enfraquecidos pela inatividade. De todas as partes do mundo chegam-nos vozes: "Passa... e ajuda-nos"; não há, porém, movimento responsivo. Faz-se aqui e ali débil esforço; uns poucos há que se mostram dispostos a cooperar com seu Mestre; esses são no entanto deixados a labutar quase sozinhos. Não há senão um missionário nosso em todo o vasto campo dos países estrangeiros. TS1 384 2 A verdade é poderosa, mas não é posta em prática. Não basta pôr simplesmente o dinheiro sobre o altar. Deus requer homens, voluntários, que levem a verdade a outras nações, e línguas e povo. Não é nosso número nem riquezas que nos darão assinalada vitória; é antes o devotamento à obra, coragem moral, amor ardente pelas almas e infatigável e incessante zelo. A bênção da beneficência TS1 384 3 Muitos têm considerado a nação judaica como um povo digno de dó por terem sido sempre solicitados a contribuir para sustento de sua religião; mas Deus, que criou o homem e lhe proporcionou todos os benefícios de que desfruta, sabia o que lhes seria melhor. E mediante Sua bênção, tornava os nove décimos mais proveitosos para eles do que os dez sem essa bênção. Se alguém, por cobiça, roubava a Deus ou Lhe levava uma oferta imperfeita, seguia-se com certeza prejuízo ou ruína. Deus conhece os motivos do coração. Está familiarizado com os desígnios dos homens, e retribuir-lhes-á a seu tempo segundo aquilo a que fizeram jus. TS1 385 1 O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como a lei de Deus. Esse sistema foi uma bênção ao povo judeu, do contrário o Senhor não lho haveria dado. Assim será igualmente uma bênção aos que o observarem até ao fim do tempo. Nosso Pai celeste não instituiu o plano da doação sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma grande bênção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava. TS1 385 2 As igrejas mais sistemáticas e liberais em sustentar a causa de Deus, são espiritualmente as mais prósperas. A verdadeira liberalidade no seguidor de Cristo, identifica-lhe os interesses com os de seu Mestre. No trato de Deus com os judeus e com Seu povo até ao fim dos tempos, Ele requer doação sistemática proporcional aos rendimentos. O plano da salvação foi estabelecido pelo infinito sacrifício do Filho de Deus. A luz do evangelho que irradia da cruz de Cristo, repreende o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não é para lamentar o haver crescentes pedidos. Em Sua providência, Deus está chamando Seu povo a sair da limitada esfera de ação em que vivem, a fim de entrarem em maiores empreendimentos. Ilimitado é o esforço requerido nesta época em que a treva moral está cobrindo o mundo. O mundanismo e a cobiça estão minando a vitalidade do povo de Deus. Cumpre-lhes compreender que é a misericórdia dEle que faz com que se multipliquem as solicitações de meios. O anjo de Deus coloca os atos de beneficência ao lado da oração. Disse ele a Cornélio: "As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus." Atos dos Apóstolos 10:4. TS1 386 1 Em Seus ensinos, disse Cristo: "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?" Lucas 16:11. A saúde espiritual e a prosperidade da igreja dependem, em alto grau, de sua doação sistemática. É como o sangue vital que deve fluir por todo o ser, dando vida a cada membro do corpo. Ela acrescenta o amor às almas de nossos semelhantes; pois por meio da abnegação e do sacrifício, somos postos em mais íntima relação com Cristo, que Se fez pobre por amor de nós. Quanto mais empregamos na causa de Deus para ajudar na salvação de almas, tanto mais achegadas nos serão elas ao coração. Fosse nosso número metade do que é, e fôssemos todos obreiros consagrados, e teríamos um poder que faria tremer o mundo. Aos ativos obreiros dirige Cristo essas palavras: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. A todo o mundo TS1 386 2 Havemos de encontrar oposição que se levanta por motivos egoístas e por causa de fanatismo e preconceitos; todavia, com intrépida coragem e viva fé, devemos semear sobre todas as águas. Poderosos são os agentes de Satanás; havemos de enfrentá-los e precisamos combatê-los. Nossos trabalhos não se devem limitar ao próprio país. O campo é o mundo; a seara está madura. A ordem dada por Cristo aos discípulos justamente antes de ascender ao Céu, foi: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." Marcos 16:15. TS1 386 3 Sentimo-nos imensamente penalizados ao ver alguns de nossos pastores agitando-se em torno das igrejas, fazendo ao que parece algum esforço, mas não tendo afinal senão quase nada para apresentar como fruto de seu labor. O campo é o mundo. Saiam eles para o mundo incrédulo, e trabalhem para converter almas à verdade. Chamamos a atenção de nossos irmãos e irmãs para o exemplo de Abraão subindo o Monte Moriá a fim de oferecer, segundo o mando de Deus, seu único filho em sacrifício. Ali havia obediência e sacrifício. Moisés encontrava-se em uma corte real, com a perspectiva de uma coroa. Desviou-se, porém, do engodo tentador, e "recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito". Hebreus 11:24-26. TS1 387 1 Os apóstolos não reputaram preciosa a própria vida, regozijando-se em ser considerados dignos de sofrer pelo nome de Cristo. Paulo e Silas perderam tudo. Suportaram açoites, e foram atirados, não com brandura, sobre o chão frio de uma prisão, em posição por demais penosa, com os pés erguidos e presos a um tronco. Chegaram então aos ouvidos do carcereiro queixas e murmurações? Oh, não! Da prisão interior irromperam vozes quebrando o silêncio da meia-noite com hinos de alegria e louvor a Deus. Esses discípulos eram animados por profundo e fervoroso amor pela causa de seu Redentor, pela qual sofriam. TS1 387 2 À medida que a verdade de Deus nos enche o coração, absorve-nos as afeições e nos rege a vida, também nós consideraremos alegria sofrer por amor da verdade. Nenhuma parede de prisão, nenhuma estaca de martírio, nos pode intimidar ou impedir na realização da grande obra. TS1 387 3 "Vem, ó Minha Alma, ao Calvário!" TS1 387 4 Observai a vida humilde do Filho de Deus. Foi um "homem de dores, e experimentado nos trabalhos". Isaías 53:3. Contemplai-lhe a ignomínia, a agonia do Getsêmani, e aprendei o que seja abnegação. Sofremos nós privações? Sofreu-as Cristo, a majestade do Céu. Essa pobreza, porém, foi por amor de nós que Ele suportou. Achamo-nos classificados entre os ricos? O mesmo se deu com Ele. Consentiu, no entanto, por amor de nós, em fazer-Se pobre, para que por meio dessa pobreza nos tornássemos ricos. Temos exemplificada em Cristo a abnegação. Seu sacrifício não consistiu apenas em deixar as reais cortes celestes, em ser julgado por homens ímpios como criminoso e declarado culpado, e ser entregue à morte do malfeitor, mas em o peso dos pecados do mundo. Sua vida nos reprova a indiferença e frieza. Achamo-nos próximo ao fim do tempo, tempo em que Satanás desceu, tendo grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo. Está operando com todo o engano da injustiça naqueles que perecem. Por nosso grande Líder foi deixado em nossas mãos o conflito, para que o levemos avante com vigor. Não estamos fazendo a vigésima parte do que poderíamos fazer se estivéssemos alerta. A obra é retardada pelo amor da comodidade e falta do espírito de abnegação de que nosso Salvador nos deu exemplo em Sua vida. Carecemos de cooperadores de Cristo, de homens que sintam a necessidade de mais extensos esforços. A obra de nossos prelos não deve diminuir, mas duplicar. Devem-se estabelecer escolas em vários lugares a fim de educar nossos jovens em preparo para seu trabalho na divulgação da verdade. TS1 388 1 Desperdiçamos já grande parte do tempo, e os anjos levam ao Céu o relatório de nossas negligências. Nosso estado de letargia e falta de consagração nos tem feito perder preciosas oportunidades enviadas por Deus na pessoa dos que se achavam habilitados a ajudar-nos na necessidade que enfrentamos. Oh! quanto necessitamos de nossa Ana Moore para ajudar-nos agora a chegar a outras nações! Seu vasto conhecimento de campos missionários, dar-nos-ia acesso a outras línguas das quais não nos é possível aproximar. Deus trouxe essa dádiva para o meio de nós a fim de satisfazer a emergência em que nos achamos; mas não a apreciamos, e Ele no-la tirou. Ela descansa de seus labores, mas suas obras de abnegação a seguem. É de deplorar que nossa obra missionária fosse retardada por falta do conhecimento da maneira de encontrar acesso às diferentes nações e localidades no grande campo da seara. TS1 388 2 Angustiamo-nos em espírito por se haverem perdido para nós alguns dons que agora poderíamos possuir, se tão-somente houvéssemos estado alerta. Tem-se deixado de enviar obreiros aos brancos campos da seara. Cumpre ao povo de Deus humilhar o coração diante dEle, e na mais profunda humilhação rogar que o Senhor nos perdoe a apatia e a condescendência egoísta, e apague o vergonhoso registro de deveres negligenciados e privilégios não aproveitados. Ao contemplar a cruz do Calvário, o verdadeiro cristão abandonará a idéia de restringir suas ofertas àquilo que nada lhe custe, e ouvirá um sonido de trombeta: TS1 389 1 "Vai trabalhar em Minha vinha; descanso por fim haverá." TS1 389 2 Quando Jesus estava prestes a ascender ao alto, apontou aos campos da colheita, e disse a Seus seguidores: "Ide a todo o mundo, e pregai o evangelho." Marcos 16:15. "De graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:8. Negaremos o próprio eu de modo que a seara a desperdiçar-se possa ser ceifada? TS1 389 3 Deus pede talentos de influência e de meios. Recusar-nos-emos a obedecer? Nosso Pai celestial concede dons e solicita parte de volta, a fim de provar se somos dignos de possuir o dom da vida eterna. TS1 389 4 As ofertas das crianças podem ser aceitáveis e aprazíveis a Deus. Segundo o espírito que anima as dádivas, será o valor das mesmas. Os pobres, seguindo a direção do apóstolo e pondo de parte semanalmente uma pequena soma, ajudam a encher o tesouro, e suas ofertas são inteiramente aceitáveis a Deus; pois eles fazem tão grandes sacrifícios e até maiores que seus irmãos mais afortunados. O plano da doação sistemática demonstrar-se-á uma salvaguarda para toda família contra a tentação de gastar dinheiro em coisas desnecessárias; e demonstrar-se-á uma bênção especialmente aos ricos, preservando-os de condescender com extravagâncias. -- Testimonies for the Church 3:412 (1875). ------------------------Capítulo 74 -- A autoridade da igreja TS1 390 1 O Redentor do mundo conferiu grande poder a Sua igreja. Ele declara as regras a serem aplicadas em casos de demanda entre seus membros. Depois de dar direções explícitas quanto à orientação a seguir, diz: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo [em matéria de disciplina da igreja] o que desligardes na Terra será desligado no Céu." Mateus 18:18. Assim até a autoridade celeste ratifica a disciplina da igreja com relação a seus membros, uma vez que tenha sido seguida a regra bíblica. TS1 390 2 A Palavra de Deus não dá licença a que um homem ponha seu juízo em oposição ao da igreja, nem lhe é permitido insistir em suas opiniões contrariamente às dela. Caso não houvesse disciplina e governo eclesiásticos, a igreja se esfacelaria; não poderia manter-se unida como um corpo. Sempre tem havido indivíduos de espírito independente, pretendendo estar certos, e que Deus os havia ensinado, impressionado e guiado especialmente. Cada um tem uma teoria sua particular, idéias peculiarmente suas, e cada um pretende que essas idéias se acham em harmonia com a Palavra de Deus. Cada um tem diferente teoria e fé, e não obstante pretende cada um possuir luz especial de Deus. Essas pessoas separam-se do corpo, e constituem por si mesmas uma igreja à parte. Não podem estar todos certos, todavia pretendem todos ser guiados pelo Senhor. A palavra da Inspiração não pode ser sim e não, mas sim e amém em Cristo Jesus. TS1 390 3 Nosso Salvador acompanha Suas lições com a promessa de que se dois ou três se unirem em pedir alguma coisa a Deus, isso lhe será feito. Cristo mostra aqui que deve haver união com outros, mesmo em nossos desejos por determinado objeto. Grande importância é atribuída à oração feita em comum, à união de desígnios. Deus atende às orações dos indivíduos; nessa ocasião, porém, Jesus estava dando lições especiais e importantes, que deviam ser de particular influência na igreja que acabava de organizar na Terra. Cumpre haver acordo nas coisas que desejam, e pelas quais oram. Não simplesmente os pensamentos e esforços de um espírito, sujeito a enganos; mas as petições devem constituir o veemente desejo de várias mentes concentradas em um ponto. TS1 391 1 Na maravilhosa conversão de Paulo, vemos o miraculoso poder de Deus. Um clarão mais forte que o resplendor do Sol ao meio-dia o envolveu. Jesus, cujo nome ele aborrecia e desprezava acima de todos os outros, revelou-Se a Paulo a fim de deter-lhe a louca, se bem que sincera conduta, de modo que pudesse tornar esse instrumento nada promissor em um vaso escolhido para levar o evangelho aos gentios. Ele fizera conscienciosamente muitas coisas contrárias ao nome de Jesus de Nazaré. Em seu zelo, fora perseverante e ardoroso perseguidor da igreja de Cristo. Profundas e vigorosas eram suas convicções do dever que tinha de exterminar essa alarmante doutrina a predominar por toda parte, de que Jesus era o Príncipe da Vida. TS1 391 2 Paulo cria que a fé em Jesus tornava de nenhum efeito a lei de Deus, as ofertas sacrificais e o rito da circuncisão, que em todas as eras passadas recebera inteira sanção de Deus. A miraculosa revelação de Cristo, porém, faz-lhe penetrar a luz nos entenebrecidos recessos do espírito. O Jesus de Nazaré contra quem ele está armado, é verdadeiramente o Redentor do mundo. Encaminhado à igreja para ser instruído TS1 391 3 Paulo vê seu errado zelo, e exclama: "Senhor, que queres que faça?" Atos dos Apóstolos 9:6. Jesus não lhe disse então e ali, como poderia ter feito, a obra que lhe destinara. Paulo devia receber instruções na fé cristã, e agir com entendimento. Jesus o envia aos próprios discípulos a quem ele estivera perseguindo tão severamente, para que deles aprenda. A luz da iluminação celeste privara Paulo da vista, mas Jesus, o grande médico dos cegos não lha restaurou. À pergunta de Paulo, responde da seguinte maneira: "Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer." Atos dos Apóstolos 9:6. Jesus podia, não somente haver curado Paulo da cegueira, mas haver-lhe perdoado os pecados e dito qual o seu dever, traçando-lhe a futura direção. De Cristo deviam fluir todas as misericórdias e todo o poder; no entanto, Ele não deu a Paulo, em sua conversão à verdade, uma experiência independente da igreja por Ele recentemente organizada na Terra. TS1 392 1 A maravilhosa luz dada a Paulo naquela ocasião, deixou-o pasmo e confundido. Rendeu-se inteiramente. Esta parte da obra, não podia o homem fazer por Paulo; havia, no entanto, outra obra ainda a ser executada, a qual os servos de Cristo podiam efetuar. Jesus o encaminha a Seus instrumentos na igreja, em busca de mais esclarecimentos acerca de seu dever. Assim dá Ele autoridade e sanção à igreja organizada. Cristo fizera a obra de revelação e convicção, e agora Paulo se achava em condições de aprender daqueles a quem Deus ordenara que ensinassem a verdade. Cristo dirige Paulo aos servos que escolhera, pondo-o assim em contato com Sua igreja. TS1 392 2 Os próprios homens a quem Paulo se estava propondo destruir, deviam ser seus instrutores na própria religião que ele desprezara e perseguira. Três dias passou Paulo sem alimentar-se e sem ver, preparando-se para se aproximar dos homens a quem, em seu zelo cego, propusera-se a matar. Aí põe Cristo a Paulo em contato com Seus representantes na Terra. O Senhor dá a Ananias uma visão em que lhe manda ir a determinada casa em Damasco e perguntar por Saulo de Tarso; "pois eis que ele está orando". Atos dos Apóstolos 9:11. TS1 392 3 Sendo Saulo mandado a Damasco, para lá foi conduzido pelos homens que o acompanhavam no intuito de ajudá-lo a levar prisioneiros os discípulos para Jerusalém, a fim de ali serem julgados e mortos. Saulo hospedou-se em casa de Judas em Damasco, dedicando o tempo a jejum e oração. Ali foi provada a fé de Saulo. Por três dias se encontrou em trevas quanto ao que dele era requerido, e por três dias se viu privado da visão. Recebera ordem de ir para Damasco, pois ali lhe seria dito o que lhe cumpria fazer. Encontra-se em incerteza, e clama fervorosamente a Deus. TS1 393 1 Foi enviado um anjo a Ananias, instruindo-o a ir a determinada casa onde se achava Saulo em oração para que lhe fosse mostrado o que devia fazer. Desaparecera o orgulho de Saulo. Pouco antes, ele confiava em si mesmo, julgando achar-se empenhado em boa obra, pela qual deveria ser recompensado; agora, porém, tudo mudou. Está curvado e humilhado até ao pó, envergonhado e penitente, rogando fervoroso o perdão. O Senhor disse a Ananias: "Eis que ele está orando." Atos dos Apóstolos 9:11. O anjo informou ao servo de Deus que havia revelado a Saulo em visão que um homem chamado Ananias entraria e poria sobre ele a mão, a fim de que tornasse a ver. Mal pode Ananias crer nas palavras do anjo; e repete o que ouvira acerca da cruel perseguição que Saulo fazia aos santos em Jerusalém. Imperativa, porém, é a ordem dada a Ananias: "Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel." Atos dos Apóstolos 9:15. TS1 393 2 Ananias foi obediente às indicações do anjo. Pôs a mão sobre o homem que havia ainda tão pouco estava possuído do mais profundo ódio, respirando ameaças contra todos os que acreditavam no nome de Cristo. Ananias disse a Saulo: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado." Atos dos Apóstolos 9:17, 18. TS1 393 3 Jesus poderia haver feito diretamente tudo isso por Paulo, mas não quis assim. Paulo tinha alguma coisa a fazer no sentido da confissão aos homens cuja destruição premeditara, e Deus tinha uma obra de responsabilidade para ser feita pelos homens a quem ordenara para agirem em Seu lugar. Paulo devia dar os passos necessários na conversão. Era-lhe exigido que se unisse ao próprio povo que perseguira por causa da religião que professavam. Cristo dá aqui a todo o Seu povo um exemplo de Sua maneira de agir para salvação dos homens. O Filho de Deus identificou-Se com a função e autoridade de Sua igreja organizada. Suas bênçãos deviam vir por meio dos instrumentos que ordenara, ligando assim os homens com os condutos que as deviam transmitir. O fato de Paulo ser estritamente consciencioso em sua obra de perseguir os santos, não o inocenta quando o Espírito de Deus o impressiona com o conhecimento da cruel obra que fizera. Tem de tornar-se aluno dos discípulos. TS1 394 1 Reconhece que Jesus, a quem em sua cegueira considerara impostor, é na verdade o autor e o fundamento de toda a religião do povo escolhido de Deus desde os dias de Adão, e o consumador da fé, agora tão clara a sua iluminada visão. Viu a Cristo como reivindicador da verdade, cumpridor de todas as profecias. Cristo fora considerado como anulando a lei de Deus; mas, quando sua visão espiritual foi tocada pelo dedo divino, aprendeu dos discípulos que Cristo era o originador e o fundamento de todo o sistema judaico de sacrifícios, que na morte de Cristo o tipo encontrara o antítipo, e que Cristo viera ao mundo com o expresso desígnio de reivindicar a lei de Seu Pai. Não se sanciona a independência TS1 394 2 Em face da lei, Paulo se reconhece pecador. Aquela própria lei que ele julgara estar guardando tão zelosamente, verifica ter estado a transgredir. Arrepende-se, e morre para o pecado, torna-se obediente aos reclamos da lei de Deus, e tem fé em Cristo como seu Salvador; é batizado e prega a Jesus tão sincera e zelosamente como outrora O condenara. São apresentados, na conversão de Paulo, importantes princípios que devemos conservar sempre em mente. O Redentor do mundo não aprova, em assuntos religiosos, idéias e práticas independentes por parte de Sua igreja organizada e reconhecida, onde a tem. TS1 395 1 Muitos nutrem a idéia de que só a Cristo são responsáveis no que respeita à luz e a sua própria experiência, independentemente de Seus reconhecidos seguidores no mundo. Isto, porém, é condenado por Ele nos ensinos que nos dá, bem como nos exemplos, nos fatos, que nos tem dado para nossa instrução. Aí estava Paulo, pessoa a quem Cristo devia preparar para importantíssima obra, que Lhe devia ser vaso escolhido, levado diretamente à presença de Cristo; todavia Ele lhe não ensina as lições da verdade. Detém-lhe a carreira e infunde-lhe convicção; e quando ele pergunta: "Que queres que eu faça?" (Atos dos Apóstolos 9:6) o Salvador não lho diz diretamente, mas põe-no em contato com Sua igreja. Eles te dirão o que te cumpre fazer. Jesus é o amigo dos pecadores, tem o coração sempre aberto, sempre sensível aos sofrimentos da humanidade; tem todo o poder, tanto no Céu como na Terra; respeita, no entanto, o meio que ordenou para esclarecimento e salvação dos homens. Encaminha Saulo à igreja, reconhecendo assim o poder de que a investiu como veículo de luz para o mundo. É o corpo organizado de Cristo na Terra, e importa que se Lhe respeitem as ordenanças. No caso de Saulo, Ananias representa Cristo, ao mesmo tempo que representa os pastores de Cristo na Terra, os quais são designados para agir em Seu lugar. TS1 395 2 Cristo dá poder à voz da igreja. "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu." Mateus 18:18. Não se apóia coisa alguma como seja um homem, por sua própria responsabilidade, desviar-se e advogar as idéias que bem lhe parecerem, a despeito do juízo da igreja. O mais alto poder abaixo do Céu, concedeu o Senhor a Sua igreja. É a voz de Deus em Seu povo reunido na qualidade de uma igreja, que deve ser respeitada. TS1 395 3 Deus tem dado a Sua igreja homens de experiência, pessoas que têm jejuado, chorado e orado até a noite inteira, para que Deus lhes abra as Escrituras ao entendimento. Com humildade têm esses homens dado ao mundo o benefício de sua amadurecida experiência. É essa luz do Céu, ou dos homens? É ela de algum valor, ou nada vale? -- Testimonies for the Church 3:450, 451 (1875). ------------------------Capítulo 75 -- O estado do mundo TS1 397 1 Foi-me mostrado o estado do mundo, que ele estava enchendo rapidamente a taça de sua iniqüidade. Enchem o mundo violência e crime de toda sorte; e Satanás está empregando todo meio para tornar populares o crime e o vício aviltante. Os jovens que andam pelas ruas acham-se rodeados de cartazes e noticiários de crimes e pecado, apresentados em folhetins, ou a serem representados em algum teatro. Sua mente é educada assim na familiaridade com o pecado. O caminho seguido pelos baixos e vis são-lhes constantemente apresentados nos jornais diários, e tudo quanto possa despertar curiosidade e paixões sensuais lhes é apresentado em histórias emocionantes e próprias para excitar. TS1 397 2 A literatura que procede de cérebros corrompidos, envenena a mente de milhares em nosso mundo. O pecado não parece excessivamente maligno. Ouvem e lêem tanto acerca de degradantes crimes e violências que a consciência outrora sensível, que disso recuaria horrorizada, torna-se tão cauterizada que, com enorme interesse, se pode demorar no que é baixo e vil em palavras e atos humanos. TS1 397 3 "Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem." Lucas 17:26. Deus terá um povo zeloso de boas obras, que permanecerá firme entre as corrupções deste século degenerado. Haverá um povo que se apegará tão firmemente à força divina, que estará à prova de toda tentação. As más sugestões dos provocantes cartazes talvez lhes procurem falar aos sentidos e corromper a mente; todavia achar-se-ão tão unidos a Deus e aos anjos, que serão como os que não vêem e não ouvem. Têm a fazer uma obra que ninguém poderá fazer por eles, a qual é combater o bom combate da fé e lançar mão da vida eterna. Não confiarão em si mesmos nem serão presunçosos. Conhecendo a própria fraqueza, unirão sua ignorância à sabedoria de Cristo, sua fraqueza ao Seu poder. Um exemplo de pureza TS1 398 1 A mocidade possuirá tão firmes princípios, que as mais fortes tentações de Satanás não os afastarão de sua aliança. Samuel era uma criança rodeada das influências mais corruptoras. Via e ouvia coisas que lhe ofendiam a alma. Os filhos de Eli, que ministravam nas cerimônias sagradas, eram regidos por Satanás. Esses homens contaminavam toda a atmosfera que os cercava. Dia a dia homens e mulheres eram fascinados pelo pecado e a injustiça; no entanto Samuel vivia incontaminado. Imaculadas eram suas vestes de caráter. Não tomava parte nem sentia o menor prazer nos pecados que enchiam todo o Israel com terríveis rumores. Samuel amava a Deus; mantinha a alma em tão íntima comunhão com o Céu, que um anjo foi enviado para falar com ele relativamente aos pecados dos filhos de Eli, os quais estavam corrompendo a Israel. TS1 398 2 O apetite e as paixões estão vencendo milhares de professos seguidores de Cristo. Ficam-lhes os sentidos tão embotados em razão da familiaridade com o pecado, que o não aborrecem, mas consideram-no atrativo. Acha-se às portas o fim de todas as coisas. Deus não suportará mais por muito tempo os crimes e a aviltante iniqüidade dos filhos dos homens. Seus crimes chegaram na verdade até aos Céus, e serão em breve retribuídos por terríveis pragas de Deus sobre a Terra. Eles beberão o cálice da ira de Deus, não misturado com a misericórdia. TS1 398 3 Tenho visto haver perigo de que os próprios que professam ser filhos de Deus se corrompam. A licenciosidade está acorrentando homens e mulheres em cativeiro. Parecem transtornados e impotentes para resistir e vencer no sentido do apetite e da paixão. Em Deus há poder; nEle há resistência. Caso dele lancem mão, o poder vivificante de Jesus estimulará todo aquele que profere o nome de Cristo. Achamo-nos circundados de perigos; e só estamos seguros quando sentimos a própria fraqueza e nos apegamos com a firmeza da fé a nosso poderoso Libertador. Vivemos em um tempo tremendo. Não podemos deixar de vigiar e orar nem por um momento. Nossa desamparada alma precisa apoiar-se em Jesus, nosso compassivo Redentor. Tempo de vigilância TS1 399 1 Foi-me mostrada a grandeza e importância da obra que está diante de nós. Poucos, no entanto, compreendem o verdadeiro estado das coisas. Todos quantos se acham adormecidos, e não podem ver qualquer necessidade de estar vigilantes e alerta, serão vencidos. Estão surgindo jovens para entrar na obra de Deus, alguns dos quais mal têm qualquer senso da santidade e responsabilidade dessa obra. Pouca experiência têm no exercício da fé, na sincera fome de alma pelo Espírito de Deus, a qual sempre traz frutos. Alguns homens de boas aptidões, os quais poderiam ocupar posições importantes, não sabem de que espírito são. Vão vivendo numa maneira jovial, tão naturalmente como as águas correm morro abaixo. Falam tolices, brincam com as jovens, ao mesmo tempo que estão ouvindo quase diariamente as verdades mais solenes e mais de molde a comover a alma. Esses homens têm uma religião mental, mas o coração não está santificado pelas verdades que ouvem. Esses nunca podem conduzir outros à Fonte das águas vivas, enquanto delas não beberem eles próprios. TS1 399 2 Não é tempo agora para a leviandade, vaidade e frivolidade. Logo encerrar-se-ão as cenas da história terrestre. Precisam mudar-se as mentes abandonadas ao sabor dos pensamentos. Diz o apóstolo Pedro: "Cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; mas, como é santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo." 1 Pedro 1:13-16. TS1 400 1 Os pensamentos vagos precisam ser agrupados e concentrados em Deus. Os próprios pensamentos devem estar em sujeição à vontade de Deus. Não se devem fazer nem esperar elogios; pois isto tem a tendência de fomentar a confiança própria em vez de promover a humildade; de corromper em lugar de purificar. Os homens realmente habilitados, e que sentem ter uma parte a desempenhar em relação com a obra de Deus, sentirão o peso da santidade da obra, tal como uma carroça cheia de molhos. Agora, eis o tempo de fazer os mais fervorosos esforços para vencer os sentimentos naturais do coração carnal. ------------------------Capítulo 76 -- O estado da igreja TS1 401 1 Há entre o povo de Deus grande necessidade de reforma. O atual estado da igreja nos leva à pergunta: E isto uma fiel representação dAquele que deu a vida por nós? São estes os seguidores de Cristo, e os irmãos dos que não reputaram sua vida por preciosa? Os que atingem à norma bíblica, à descrição feita pela Escritura dos seguidores de Cristo, serão na verdade raros. Havendo abandonado a Deus, a Fonte de águas vivas, cavaram para si mesmos cisternas, "cisternas rotas, que não retém as águas". Jeremias 2:13. Disse o anjo: "Falta de amor e de fé, eis os grandes pecados de que o povo de Deus se acha agora culpado." A falta de fé conduz à negligência, ao amor-próprio e do mundo. Os que se apartam de Deus e caem em tentação, condescendem com vícios grosseiros; pois o coração carnal leva a grande impiedade. E este estado de coisas se encontra entre muitos dentre o professo povo de Deus. Enquanto pela profissão O servem, estão em todos os intentos e desígnios corrompendo seus caminhos diante dEle. Muitos satisfazem o apetite e a paixão, não obstante a clara luz da verdade apontar o perigo, e erguer a voz de advertência: "Acautelai-vos, refreai-vos, renunciai." "O salário do pecado é a morte." Romanos 6:23. Se bem que o exemplo dos que naufragaram na fé se erga como farol advertindo os outros para não prosseguirem na mesma direção, muitos ainda se precipitam loucamente para diante. Satanás domina-lhe o espírito, e parece controlar-lhes o corpo. TS1 401 2 Oh! quantos se lisonjeiam de bondade e justiça, quando a verdadeira luz de Deus revela que toda a sua vida eles têm vivido unicamente para se agradarem a si mesmos! Toda a sua conduta é aborrecível a Deus. Quantos estão vivos sem a lei! Na espessa treva em que se encontram, olham-se complacentemente: revele-se-lhes, porém, a lei de Deus à consciência, como aconteceu com Paulo, e verão estar vendidos sob o pecado, e ter de morrer para a mente carnal. O próprio eu precisa ser morto. TS1 402 1 Quão tristes e terríveis os erros que muitos estão cometendo! Estão edificando sobre a areia, mas lisonjeiam-se de que se acham bem firmados na Rocha eterna. Muitos que professam piedade vão se precipitando para a frente tão descuidosamente, e tão imprudentes para com o perigo, como se não houvesse juízo futuro. Aguarda-os terrível retribuição, e todavia são dominados pelo impulso e a paixão grosseira; estão enchendo um negro registro de vida para o juízo. Ergo a voz em advertência a todo aquele que profere o nome de Cristo, para que se aparte de toda iniqüidade. Purificai a alma pela obediência da verdade. Purificai-vos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus. Vós, a quem isto se aplica, sabeis o que quero dizer. Mesmo vós, que corrompestes vossos caminhos diante do Senhor, partilhando da iniqüidade que abundantemente existe, e enegrecestes a alma no pecado, Jesus vos convida ainda a vos desviardes de vossa direção, a lançar mão de Sua força, e nEle encontrar aquela paz, aquele poder e graça que vos farão mais que vencedores em Seu nome. TS1 402 2 As corrupções deste século degenerado têm manchado muitas almas que, professamente, estão servindo a Deus. Mesmo agora, no entanto, ainda não é demasiado tarde para se endireitarem os erros, para o sangue de um Salvador crucificado e ressurgido fazer expiação por vós, caso vos arrependais e sintais a necessidade que tendes de perdão. Precisamos agora vigiar e orar como nunca dantes, para que não caiamos sob o poder da tentação e deixemos o exemplo de uma vida que seja uma lamentável ruína. Como um povo, precisamos não nos tornar descuidosos e olhar o pecado em indiferença. Importa que o acampamento seja purificado. Todos quantos proferem o nome de Cristo, necessitam vigiar e orar, e guardar as entradas da alma; pois Satanás está em atividade para corromper e destruir, uma vez que lhe seja dada a mínima vantagem. Andar na luz TS1 403 1 Meus irmãos, Deus vos convida, como seguidores Seus, a que andeis na luz. Importa que vos alarmeis. Há pecado entre vós, e não é considerado excessivamente pecaminoso. Os sentidos de muitos acham-se adormecidos pela condescendência com o apetite e pela familiaridade com o pecado. Precisamos avançar para mais perto do Céu. Podemos crescer na graça e no conhecimento da verdade. Andar na luz, seguir no caminho dos mandamentos de Deus, não dá a idéia de podermos ficar parados e não fazer coisa alguma. Precisamos ir avançando. TS1 403 2 Há grande fraqueza no amor-próprio, na própria exaltação e no orgulho; na humildade, porém, há grande força. Não mantemos nossa verdadeira dignidade quando pensamos mais em nós mesmos, mas quando Deus Se encontra em todos os nossos pensamentos, e temos o coração ardendo em amor por nosso Redentor e nosso semelhante. A simplicidade de caráter e a humildade de coração produzirão felicidade, ao passo que a presunção ocasionará descontentamento, murmuração e contínuas decepções. É aprender a pensar menos em nós e mais em tornar outros felizes, que nos trará força divina. TS1 403 3 Em nossa separação de Deus, nosso orgulho, nossas trevas, procuramos constantemente elevar-nos, e esquecemos de que a humildade de espírito é poder. O poder de nosso Salvador não residia num vigoroso aparelhamento de palavras incisivas, que penetrassem na própria alma; era Sua brandura e as maneiras simples e despretensiosas que O tornavam um conquistador de corações. O orgulho e a pretensão, quando comparados com a mansidão e humildade, não passam na verdade de fraqueza. Somos convidados a aprender dAquele que é manso e humilde de coração; assim, experimentaremos aquele descanso e paz tão desejados. ------------------------Capítulo 77 -- O amor do mundo TS1 404 1 A tentação apresentada por Satanás a nosso Salvador no cimo da elevada montanha, é uma das mais poderosas que a humanidade tem de enfrentar. A Cristo foram oferecidos por Satanás os reinos deste mundo com sua glória, sob a condição de que lhe desse a honra devida a um superior. Nosso Salvador sentiu a força dessa tentação; enfrentou-a, porém, em nosso favor, e saiu vitorioso. Ele não teria sido tentado nesse ponto, não houvesse o homem de ser provado pela mesma tentação. Em Sua resistência, deu-nos o exemplo da direção que devemos seguir quando o inimigo nos ataca individualmente, a fim de desviar-nos da integridade. TS1 404 2 Homem algum pode ser seguidor de Cristo, e pôr ainda nas coisas deste mundo as afeições. Em sua primeira epístola, João escreve: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." 1 João 2:15. Nosso Redentor, que enfrentou esta tentação de Satanás, em toda a sua força, conhece o perigo em que está o homem de ceder à tentação de amar o mundo. TS1 404 3 Cristo identificou-Se com a humanidade suportando a prova nesse ponto, e vencendo em favor do homem. Com advertências protegeu Ele os próprios pontos em que o inimigo seria mais bem-sucedido ao tentar a criatura. Sabia que Satanás obteria a vitória sobre o homem, a menos que este se guardasse especialmente no sentido do apetite e do amor das riquezas e honras mundanas. Diz Ele: "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:19-21, 24. TS1 405 1 Cristo nos apresenta aí dois senhores, Deus e o mundo, e mostra claramente que nos é simplesmente impossível servir a ambos. Se nosso interesse e amor pelo mundo predominam, não apreciamos as coisas que, acima de todas as outras, são dignas de nossa atenção. O amor do mundo exclui o amor de Deus, fazendo com que nossos mais altos interesses sejam subordinados às considerações mundanas. Assim o Senhor não ocupa em nossa afeição e devotamente o exaltado lugar tomado pelas coisas do mundo. TS1 405 2 Nossas obras manifestarão o justo grau ocupado pelos tesouros terrestres em nossas afeições. Devota-se o máximo cuidado, ansiedade e labor aos interesses mundanos, ao passo que as considerações eternas têm lugar secundário. Nisto recebe Satanás dos homens aquela homenagem que reclamou de Cristo, sem o conseguir. É o amor egoísta do mundo que corrompe a fé dos professos seguidores de Cristo, tornando-os débeis em força moral. Quanto mais amam suas riquezas terrenas, tanto mais longe se afastam de Deus, e tanto menos participam de Sua natureza divina, a qual lhes comunicaria o senso das corruptoras influências do mundo, e dos perigos a que se acham expostos. TS1 405 3 Com suas tentações, Satanás tem o intuito de tornar o mundo muito atrativo. Por meio do amor das riquezas e das honras mundanas, exerce um fascinante poder para atrair as afeições mesmo do professo mundo cristão. Grande parte dos cristãos professos farão todo sacrifício para adquirir riquezas; e quanto mais bem-sucedidos forem nesse objetivo, menos será o amor que consagram à preciosa verdade, e menor o interesse por seu progresso. Perdem o amor de Deus, e procedem como loucos. Quanto mais prosperarem na aquisição das riquezas, tanto mais pobres se sentirão por não terem mais, e menos empregarão na causa de Deus. TS1 406 1 As obras desses homens possuídos de insano amor às riquezas, mostra que não lhes é possível servir a dois senhores, Deus e Mamom. O dinheiro, eis seu deus. Ao poder do mesmo rendem eles homenagem. Para todos os efeitos, servem o mundo. Sua honra, que lhes é o direito de primogenitura, é sacrificada pelo ganho deste mundo. Esse poder dominante lhes rege o espírito, e transgredirão a lei de Deus a fim de servir aos interesses pessoais e aumentar o tesouro terrestre. Servos de Mamom TS1 406 2 Muitos podem professar a religião de Cristo, sem amar nem dar ouvidos à letra ou aos princípios de Seus ensinos. Dão o melhor de suas energias aos empreendimentos mundanos, curvando-se diante de Mamom. É alarmante ver tantos iludidos por Satanás, tendo a imaginação estimulada por suas brilhantes perspectivas de lucro mundano. São absorvidos pela perspectiva de felicidade perfeita se conseguirem seu objetivo de adquirirem honras e fortuna neste mundo. Satanás os tenta com o fascinante engodo: "Tudo isto te darei" (Mateus 4:9) -- todo esse poder, toda essa riqueza, com a qual podes fazer grande soma de bem. Uma vez alcançado seu objetivo, no entanto, não têm comunhão com o abnegado Redentor que os tornaria participantes da natureza divina. Apegam-se a seus tesouros terrestres, e desprezam a abnegação e o sacrifício exigidos por Cristo. Não têm nenhum desejo de separar-se dos queridos tesouros terrenos em que puseram o coração. Mudaram de senhor; aceitaram Mamom em lugar de Cristo. Mamom, eis seu deus, e a Mamom servem. TS1 406 3 Satanás conseguiu para si o culto dessas almas iludidas por meio do amor das riquezas. Tão imperceptível foi a mudança, e tão enganoso é o poder satânico, tão astuto, que se acham conformados com o mundo e não percebem haverem-se separado de Cristo, não sendo mais servos Seus senão em nome. TS1 407 1 Satanás trata com os homens mais cautelosamente do que o fez com Cristo no deserto da tentação, pois está apercebido por haver ali perdido a causa. É um inimigo vencido. Não vem ao homem diretamente, exigindo homenagem mediante um culto exterior. Pede-lhes simplesmente que se afeiçoem às boas coisas do mundo. Uma vez conseguido empregar-lhes assim mente e afeições, as atrações celestes ficam eclipsadas. Tudo quanto ele quer dos homens é que lhe caiam sob o enganoso poder das tentações, para amarem o mundo, amarem a posição, amarem o dinheiro e afeiçoarem-se aos tesouros deste mundo. Isto feito, consegue tudo quanto pretendera de Cristo. Livramento mediante Cristo TS1 407 2 O exemplo de Cristo nos mostra que nossa única esperança de vitória se acha na contínua resistência aos ataques de Satanás. Aquele que triunfou sobre o adversário das almas no conflito da tentação, compreende o poder de Satanás sobre a raça humana, e derrotou-o em nosso favor. Como vencedor, deu-nos o benefício de Sua vitória, para que em nossos esforços para resistir às tentações de Satanás, unamos nossa fraqueza a Sua força, nossa indignidade a Seus méritos. E, sustidos em meio da forte tentação por Sua infalível força, é-nos dado resistir em Seu todo-poderoso nome, e vencer como venceu. TS1 407 3 Foi mediante inexprimível sofrimento que nosso Redentor nos pôs ao alcance a redenção. Esteve neste mundo ignorado e sem honras, para que, por meio de Sua maravilhosa condescendência e humilhação, pudesse exaltar o homem a receber as honras celestiais e as alegrias eternas em Seu reino. Murmurará o homem caído porque o Céu só pode ser alcançado por meio de conflito, humilhação e labuta? TS1 407 4 A indagação de muito coração orgulhoso, é: Por que preciso andar em humilhação e penitência antes de poder ter a certeza de minha aceitação por Deus, e alcançar a recompensa eterna? Por que não é mais fácil o caminho para o Céu, mais agradável e atrativo? Remetemos todos esses duvidosos e murmuradores a nosso grande Exemplo, a sofrer sob o fardo da culpa do homem, e padecendo as mais vivas angústias da fome. Era inocente e, mais que isto, era o Príncipe do Céu; mas, em favor do homem fez-Se pecado por ele. "Foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pela Suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5. TS1 408 1 Cristo sacrificou tudo pelo homem, a fim de tornar-lhe possível conseguir o Céu. Cabe agora ao homem caído mostrar o que sacrificará de sua parte por amor de Cristo, de modo a ganhar a glória imortal. Os que têm um justo senso da magnitude da salvação, e de seu custo, jamais murmurarão por terem de semear em lágrimas, e que a parte do cristão nesta vida sejam lutas e abnegações. As condições da salvação para o homem são ordenadas por Deus. A humilhação do próprio eu e levar a cruz, eis as providências tomadas para que o pecador arrependido venha a encontrar conforto e paz. O pensamento de que Jesus Se submeteu a humilhação e sacrifício que o homem jamais será chamado a sofrer, deve silenciar toda murmuração. A mais doce alegria sobrevém ao homem mediante o sincero arrependimento que ele experimenta para com Deus pela transgressão de Sua lei, e a fé em Cristo como Redentor e Advogado do pecador. TS1 408 2 Com grande custo trabalham os homens a fim de assegurar-se os tesouros desta vida. Sofrem labuta e suportam asperezas e privações para obterem alguma vantagem mundana. Por que seria o pecador menos voluntário para sofrer, resistir e sacrificar no intuito de adquirir um tesouro imperecível, uma vida que se prolonga ao lado da existência de Deus, uma coroa de glória perene, incorruptível? Os infinitos tesouros do Céu, a herança que ultrapassa em valor a toda estimação, e é um eterno peso de glória, isto cumpre ser alcançado por nós, custe o que custar. Não nos devemos queixar por ser preciso abnegação; pois o Senhor da vida e da glória a exerceu primeiro. Não evitemos os sofrimentos, pois a Majestade do Céu os aceitou em benefício dos pecadores. O sacrifício da comodidade e da conveniência não deve suscitar um pensamento de murmuração, uma vez que o Redentor do mundo tudo isso aceitou em nosso favor. Calculando o mais elevadamente possível todas as nossas abnegações, privações e sacrifícios, isso nos custa, em todos os sentidos, incomparavelmente menos do que custou ao Príncipe da vida. Qualquer sacrifício que possamos fazer como que se esvaece quando comparado com o que Cristo fez por nós. ------------------------Capítulo 78 -- Presunção TS1 410 1 Alguns há que têm espírito irrequieto, que eles classificam de coragem e bravura. Colocam-se desnecessariamente em cenas de perigo, expondo-se assim a tentações que seria preciso um milagre de Deus para delas saírem a salvo e incontaminados. A tentação de Satanás ao Salvador do mundo, para que Se lançasse do pináculo do templo, foi firmemente enfrentada e resistida. Satanás citou uma promessa de Deus como garantia de que Cristo poderia fazer isso a salvo, no poder daquela promessa. Cristo enfrentou essa tentação com a própria Escritura: "Está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus." Mateus 4:7. O único meio seguro para os cristãos, é repelir o inimigo com a Palavra de Deus. Satanás instiga os homens a irem a lugares aonde Deus não requer que vão, e apresenta as Escrituras para justificar suas próprias sugestões. TS1 410 2 As preciosas promessas de Deus não são dadas para apoiar os homens em uma direção presunçosa, ou para que eles nelas se afirmem quando desnecessariamente se arremessam no perigo. O Senhor exige que procedamos com humilde confiança em Sua providência. "Não é... do homem que caminha o dirigir os seus passos." Jeremias 10:23. Em Deus está nossa prosperidade e nossa vida. Coisa alguma se pode fazer prosperamente sem a permissão e a bênção de Deus. Ele pode pôr a mão para prosperar e abençoar, ou voltá-la contra nós. "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará." Salmos 37:5. Exige-se de nós, como filhos de Deus, que mantenhamos coerente caráter cristão. Cumpre-nos exercer prudência, cautela e humildade, e andar prudentemente para com os que estão de fora. Todavia não devemos, em caso algum, transigir com princípios. TS1 411 1 Nossa única segurança é não dar lugar ao diabo; pois suas sugestões e intuitos são sempre para nos prejudicar e impedir-nos de nos firmar em Deus. Transforma-se em anjo de pureza, a fim de poder, por meio de enganadoras tentações, introduzir por tal maneira seus artifícios, que os não percebemos. Quanto mais cedermos, tanto mais fortes serão seus enganos em nós. Não é seguro entrar em discussão ou parlamentar com ele. Pois se lhe dermos qualquer vantagem exigirá mais. Nossa única segurança é repelir firmemente sua primeira tentativa para nos levar à presunção. Mediante os méritos de Cristo, o Senhor nos deu suficiente graça para resistir a Satanás, e ser mais que vencedores. Resistência é êxito. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." Tiago 4:7. A resistência deve ser firme e resoluta. Perdemos tudo quanto ganhamos, se resistimos hoje e cedemos amanhã. A importância do trabalho da mulher TS1 411 2 O pecado deste século é a desconsideração para com os expressos mandamentos de Deus. Muito grande é o poder de influência numa direção errada. Eva tinha tudo quanto lhe era necessário. Coisa alguma faltava para torná-la feliz; o apetite intemperante, porém, desejou o fruto da única árvore proibida por Deus. Ela não tinha necessidade alguma do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, mas permitiu que o apetite e a curiosidade lhe dominassem a razão. Estava perfeitamente feliz no Éden, ao lado do esposo; como as desassossegadas Evas modernas, no entanto, lisonjeou-se de haver uma esfera mais elevada do que a que o Senhor lhe designara. Tentando alçar-se acima de sua posição original, caiu muito abaixo dela. Isto será bem seguramente o resultado quanto às Evas de nossos dias, caso deixem de empreender satisfeitas os deveres de sua vida diária segundo o plano de Deus. TS1 411 3 Há para a mulher uma obra mais importante ainda e mais enobrecedora que os deveres do rei em seu trono. Cabe-lhes moldar o espírito de seus filhos e afeiçoar-lhes o caráter, de modo que venham a ser úteis neste mundo, e a tornarem-se filhos e filhas de Deus. Seu tempo deve ser considerado demasiado precioso para ser gasto na sala de baile ou em desnecessária ocupação. Há suficiente labor necessário e importante neste mundo cheio de carência e sofrimentos, sem que se gastem preciosos momentos para ornamentação ou ostentações. As filhas do celeste Rei, os membros da família real, sentirão o peso da responsabilidade quanto a atingirem vida mais elevada, para que sejam postas em mais íntima comunhão com o Céu, e trabalhem em uníssono com o Redentor do mundo. Os que se acham empenhados nessa obra não se satisfarão com as modas e tolices que absorvem a mente e as afeições das mulheres nestes últimos dias. Caso sejam realmente filhas de Deus, serão participantes da natureza divina. Serão movidas pela mais profunda piedade, como o foi seu divino Redentor, ao contemplarem as corruptoras influências existentes na sociedade. Compartilharão dos sentimentos de Cristo e, em sua esfera, segundo as aptidões e oportunidades de que dispuserem, trabalharão para salvar as almas que perecem, da mesma maneira que Cristo, em Sua elevada esfera, trabalhou em benefício do homem. O homem e a mulher criados iguais TS1 412 1 A negligência, por parte da mulher, em seguir o plano de Deus ao criá-la, o esforço de alcançar importantes posições para as quais não se habilitou, deixa vago o lugar que ela podia preencher de maneira aceitável. Saindo de sua esfera, perde a verdadeira dignidade e nobreza feminis. Ao criar Eva, Deus pretendia que ela não fosse nem inferior nem superior ao homem, mas em todas as coisas lhe fosse igual. O santo par não devia ter nenhum interesse independente um do outro; e não obstante cada um possuía individualidade de pensamento e de ação. TS1 412 2 Depois da queda de Eva, porém, como ela houvesse sido a primeira na transgressão, o Senhor lhe disse que Adão teria domínio sobre ela. Devia ser sujeita a seu marido, o que constituía parte da maldição. Em muitos casos essa maldição tem tornado a sorte da mulher demasiado dolorosa, fazendo de sua vida um fardo. O homem tem abusado, em muitos aspectos, da superioridade que Deus lhe deu, exercendo poder arbitrário. A sabedoria infinita idealizou o plano da redenção, pelo qual a raça humana tem segundo tempo de graça mediante outra prova. Advertência aos pastores TS1 413 1 Satanás se serve dos homens como instrumentos para levar à presunção aqueles que amam a Deus; isto se verifica especialmente quanto aos que são iludidos pelo espiritismo. Os espiritualistas, em geral, não aceitam Cristo como o Filho de Deus, e por sua infidelidade induzem muitas almas a pecados de presunção. Pretendem mesmo superioridade sobre Cristo, como fez Satanás ao contender com o Príncipe da vida. Espíritas cuja alma se acha enegrecida por pecados de caráter revoltante, e cuja consciência está cauterizada, ousam tomar nos lábios poluídos o imaculado nome do Filho de Deus, e unem de maneira blasfema Seu tão excelso nome com a vileza que lhes assinala a própria natureza corrompida. TS1 413 2 Com homens que introduzem essas detestáveis heresias, ousarão entrar em polêmica aqueles que ensinam a Palavra de Deus, e alguns dos que ensinam a verdade não têm tido a coragem de resistir a um repto dessa classe, constituída por caracteres apontados pela Palavra de Deus. Alguns de nossos pastores não têm tido a coragem moral de dizer a esses homens: Deus nos advertiu em Sua Palavra a vosso respeito. Deu-nos fiel descrição de vosso caráter e das heresias que defendeis. Alguns de nossos pastores, para não dar a essa classe ocasião de triunfar ou de acusá-los de covardia, enfrentaram-nos em franca discussão. Ao discutir com espíritas, porém, não se defrontam com homens, mas Satanás e seus anjos. Põem-se em comunicação com os poderes das trevas, e animam os anjos maus que os rodeiam. TS1 413 3 Os espiritualistas desejam dar publicidade a suas heresias; e os pastores que advogam as verdades bíblicas ajudam-nos a fazer isso quando consentem em empenhar-se em discussão com eles. Estes aproveitam as oportunidades para expor suas heresias diante do povo e, em cada discussão que haja com eles, alguns serão enganados. O melhor caminho a seguirmos a seu respeito, é evitá-los. TS1 414 1 A presunção é uma tentação comum, e ao assaltar Satanás os homens com isto, é bem-sucedido nove vezes em dez. Os que professam ser seguidores de Cristo, e pretendem, por sua fé, estar empenhados na luta contra todo mal que há em sua própria natureza, entram freqüentemente de maneira irrefletida em tentações das quais exigiria um milagre o fazê-los escapar imaculados. A meditação e a oração os haveriam guardado, levando-os a evitar a posição crítica e perigosa em que se colocaram quando concederam a Satanás vantagem sobre eles. As promessas de Deus não são para serem temerariamente reclamadas quando, de maneira descuidosa, nos precipitamos para o perigo, violando as leis da natureza, e desatendendo à prudência e ao juízo com que Deus nos dotou. Isto é a mais flagrante presunção. -- Testimonies for the Church 4:44, 45 (1876). ------------------------Capítulo 79 -- O poder do apetite TS1 415 1 Uma das mais vigorosas tentações que o homem tem de enfrentar, é quanto ao apetite. Existe entre a mente e o corpo misteriosa e admirável relação. Um reage sobre o outro. Conservar o físico em condição saudável a fim de desenvolver-lhe a resistência, para que cada parte do maquinismo vivo funcione harmonicamente, eis o que deve constituir o primeiro estudo em nossa vida. Negligenciar o corpo, é negligenciar a mente. Não pode ser para glória de Deus terem Seus filhos corpos enfermos ou mentes atrofiadas. Condescender com o paladar a custa da saúde, é ímpio abuso dos sentidos. Os que cometem qualquer espécie de intemperança, seja no comer ou no beber, desperdiçam as energias físicas e enfraquecem a força moral. Esses experimentarão a recompensa que acompanha a transgressão da lei física. TS1 415 2 O Redentor do mundo sabia que a condescendência com o apetite traria debilidade física, adormecendo órgãos perceptivos de maneira que se não discerniriam as coisas sagradas e eternas. Cristo sabia que o mundo estava entregue à glutonaria, e que isto perverteria as faculdades morais. Se a condescendência com o apetite era tão forte sobre a humanidade que, para vencer-lhe o poder, foi exigido do divino Filho de Deus que jejuasse por cerca de seis semanas, em favor do homem, que obra se acha diante do cristão a fim de ele poder vencer da maneira por que Cristo venceu! A força da tentação para satisfazer o apetite pervertido só pode ser avaliada em face da inexprimível agonia de Cristo naquele prolongado jejum no deserto. TS1 415 3 Cristo sabia que, para com êxito levar avante o plano da salvação, precisava começar a obra redentora do homem exatamente onde começara a ruína. Adão caiu pela condescendência com o apetite. Para que no homem ficassem gravadas suas obrigações quanto a obedecer à lei de Deus, Cristo começou Sua obra de redenção reformando os hábitos físicos do próprio homem. O declínio da virtude e a degeneração da raça são principalmente atribuíveis à satisfação do apetite pervertido. TS1 416 1 Pesa sobre todos e em especial sobre os pastores que ensinam a verdade, solene responsabilidade de vencerem o apetite. Muito maior seria sua utilidade, caso controlassem os apetites e paixões; e mais vigorosas seriam suas faculdades mentais e energias morais, se aliassem o trabalho físico ao exercício mental. Tendo hábitos estritamente temperantes, e com a combinação do trabalho muscular e da mente, poderiam realizar soma incomparavelmente maior de labor, conservando a clareza mental. Seguissem eles essa direção, e seus pensamentos e palavras fluiriam mais livremente, haveria mais energia em seus exercícios religiosos, e mais assinaladas seriam as impressões causadas por eles em seus ouvintes. A intemperança no comer TS1 416 2 A intemperança no comer, mesmo da comida saudável, exercerá debilitante influência sobre o organismo, embotando as mais vivas e santas emoções. É essencial a estrita temperança em comer e beber, tanto para a conservação da saúde, como para o vigoroso funcionamento de todo o organismo. Hábitos de estrita temperança aliados com o exercício muscular e mental, manterão vigor à mente e ao corpo, e comunicarão poder de resistência aos que se empenham no ministério, aos redatores, e a todos cujos hábitos são sedentários. Com toda a nossa profissão de reforma de saúde, nós, como povo comemos demasiado. A satisfação do apetite é a maior causa de debilidade física e mental, e está na base da fraqueza que se nota por toda parte. TS1 416 3 A intemperança começa à nossa mesa, no uso de alimentos inadequados. Depois de algum tempo, devido à continuada complacência com o apetite, os órgãos digestivos se enfraquecem, e o alimento ingerido não satisfaz. Estabelece-se um estado doentio, experimentando-se intenso desejo de tomar comida mais estimulante. O chá, o café e os alimentos cárneos, produzem efeito imediato. Sob a influência desses venenos, o sistema nervoso fica excitado e, em certos casos, momentaneamente, o intelecto parece revigorado e a imaginação mais viva. Como esses estimulantes produzem no momento resultados tão agradáveis, muitos chegam à conclusão de que realmente deles necessitam, e continuam a usá-los. TS1 417 1 Há sempre, porém, uma reação. O sistema nervoso, havendo sido indevidamente estimulado, tomou emprestado para o uso presente, energias reservadas para o futuro. Todo esse temporário fortalecimento do organismo é seguido de depressão. Proporcional a esse passageiro aumento de forças do organismo, será a depressão dos órgãos assim estimulados, após haver cessado seu efeito. O apetite educa-se a desejar intensamente algo mais forte, que tenda a manter e acrescentar a aprazível sensação, até que a condescendência se torne um hábito, havendo contínuo e intenso desejo de mais forte estímulo, como seja o fumo, vinhos e outras bebidas alcoólicas. Quanto mais se satisfizer ao apetite, tanto mais freqüente será sua exigência, e mais difícil de o controlar. Quanto mais enfraquecido se tornar o organismo, e menos capaz se tornar de passar sem tais estimulantes, tanto mais aumenta a paixão por eles, até que a vontade é levada de vencida, e parece impossível a resistência ao forte e falso desejo desses estimulantes. O único caminho seguro TS1 417 2 O único caminho seguro é não tocar, não provar, não manusear o chá, o café, vinhos, o fumo e o ópio e as bebidas alcoólicas. A necessidade de os homens desta geração chamarem em seu auxílio a força de vontade fortalecida pela graça de Deus, a fim de resistir às tentações de Satanás, e vencer a mínima condescendência com o apetite pervertido, é duas vezes maior que a de algumas gerações passadas. Mas a geração atual tem menos poder de domínio próprio do que os que viviam então. Os que têm condescendido com o apetite quanto a esses estimulantes, transmitiram aos filhos os depravados apetites e paixões, tornando-se a esses filhos necessário maior força moral para resistir a toda a sorte de intemperança. O único procedimento perfeitamente seguro é ficar firme ao lado da temperança, e não se arriscar no perigoso caminho. TS1 418 1 O grande objetivo por que Cristo suportou aquele longo jejum no deserto, foi ensinar-nos a necessidade da abnegação e da temperança. Essa obra deve começar à nossa mesa, cumprindo que seja estritamente efetuada em todos os aspectos da vida. O Redentor do mundo veio do Céu para ajudar o homem em sua fraqueza para que, no poder que Jesus lhe veio trazer, ele se torne forte para vencer o apetite e a paixão, fazendo-se vitorioso em todos os pontos. TS1 418 2 Muitos pais educam os gostos de seus filhos, e lhes formam os apetites. Servem-lhes carnes, chá e café. Os alimentos cárneos muito condimentados e o chá e o café que algumas mães animam os filhos a ingerirem, preparam o caminho para eles ansiarem os estimulantes mais fortes como o fumo. O uso do fumo incita o desejo das bebidas alcoólicas; e seu uso diminui invariavelmente a força nervosa. TS1 418 3 Caso as sensibilidades morais dos cristãos se despertassem no sentido da temperança em todas as coisas, eles poderiam por seu exemplo começar à mesa a ajudar os que são fracos no domínio de si mesmos, quase impotentes para resistirem aos anseios do apetite. Se pudéssemos compreender que os hábitos que formamos nesta vida afetarão nossos interesses eternos, que nosso destino perpétuo depende de hábitos de estrita temperança, esforçar-nos-íamos no sentido de formá-los no comer e no beber. Por nosso exemplo e esforço pessoal, podemos servir de instrumentos para salvar muitas almas da degradação da intemperança, do crime e da morte. Nossas irmãs podem fazer muito na grande obra da salvação de outros com o apresentar mesas providas apenas de alimentos saudáveis e nutritivos. Podem empregar o precioso tempo de que dispõem em educar o gosto e o apetite de seus filhos, formando neles hábitos de temperança em todas as coisas, incentivando ao mesmo tempo a abnegação e a beneficência em proveito dos outros. TS1 419 1 Não obstante o exemplo que Cristo nos deu no deserto da tentação, refreando o apetite e vencendo-lhe o poder, muitas mães cristãs existem que, por seu exemplo e pela educação que dão aos filhos, estão-nos preparando para serem comilões e bebedores de vinho. Deixa-se freqüentemente às crianças que comam o que lhes apetece e quando lhes apetece, sem atenção para com a saúde. Muitos filhos são educados como glutões desde a primeira infância. Em resultado disso tornam-se dispépticos bem cedo na vida. A condescendência e a intemperança no comer cresce com eles, e fortalece-se à medida que eles se fortalecem. Sacrifica-se, devido à indulgência dos pais, o vigor físico e o mental. Formam-se gostos para com certos alimentos que não lhes são benéficos, antes prejudiciais; e ficando o organismo sobrecarregado, a constituição se debilita. O benefício do exercício físico TS1 419 2 Os pastores, professores e alunos não reconhecem como deviam a necessidade de exercício físico, ao ar livre. Negligenciam esse dever por demais essencial para a conservação da saúde. Aplicam-se acuradamente aos livros, e comem a quantidade própria para um trabalhador. Com tais hábitos, alguns se tornam corpulentos, porque o organismo está abarrotado. Outros, ao contrário, emagrecem, ficam fracos, pois suas energias vitais se esgotam no esforço de eliminar o excesso do que é ingerido; o fígado fica sobrecarregado e incapaz de eliminar as impurezas do sangue, vindo em resultado a doença. Caso o exercício físico fosse combinado com o esforço mental, o sangue seria estimulado na circulação, mais perfeito seria o trabalho do coração e eliminadas as toxinas, experimentando-se nova vida e vigor em cada parte do corpo. TS1 419 3 Quando a mente dos pastores, professores e alunos é continuamente estimulada pelo estudo, deixando-se o corpo inativo, sobrecarregam-se os nervos emotivos, ao passo que os dos movimentos ficam em inatividade. Ficando todo o uso nos órgãos mentais, estes são exercitados em excesso e debilitam-se, ao passo que os músculos perdem o vigor por falta de uso. Não há inclinação para exercitar os músculos mediante o trabalho físico, pois este parece enfadonho. Os pastores devem ser exemplo TS1 420 1 Pastores de Cristo, que professam ser representantes Seus, devem seguir-Lhe o exemplo e, acima de todos os outros, formar hábitos de estrita temperança. Cumpre-lhes manter diante do povo, por sua própria vida de abnegação, sacrifício e ativa beneficência, a vida e exemplo de Cristo. Ele venceu o apetite em favor do homem; e em lugar dEle, devem os pastores por sua vez apresentar aos outros um exemplo digno de imitação. Os que não sentem a necessidade de empenhar-se na obra de vencer o apetite, deixarão de alcançar preciosas vitórias que poderiam obter, tornando-se escravos do apetite e da concupiscência, os quais estão enchendo o cálice de iniqüidade dos que habitam na Terra. TS1 420 2 Os homens empenhados em anunciar a última mensagem de advertência ao mundo, mensagem que deve decidir o destino das almas, devem aplicar na própria vida as verdades que pregam aos outros. Devem constituir, no comer e beber, em sua pura conversação e conduta, um exemplo para o povo. A glutonaria, a condescendência com as paixões inferiores e ofensivos pecados, são ocultos por muitos professos representantes de Cristo no mundo, sob as vestes da santidade. Homens há, de excelentes aptidões naturais, os quais não realizam em seu trabalho metade do que poderiam, caso fossem temperantes em todas as coisas. A condescendência com o apetite e a paixão obscurece a mente, diminui a resistência física, e enfraquece a força moral. Não são claros os pensamentos dos que assim procedem. Suas palavras não são proferidas com poder, falta-lhes a vitalidade do Espírito de Deus para alcançarem o coração dos ouvintes. TS1 421 1 Como nossos primeiros pais perderam o Éden em conseqüência do apetite, nossa única esperança de o reconquistar é por meio da firme negação do apetite e da paixão. A abstinência no regime alimentar e o controle de todas as paixões, preservarão o intelecto e darão vigor mental e moral, habilitando o homem a sujeitar todas as suas inclinações ao domínio das faculdades mais elevadas, e a discernir entre o direito e o torto, o sagrado e o comum. Todos quantos têm o verdadeiro senso do sacrifício feito por Cristo em deixar Seu lar no Céu para vir a este mundo a fim de, pela Sua vida, mostrar ao homem como poderia resistir à tentação, renunciarão ao próprio eu, preferindo ser participantes dos sofrimentos de Cristo. Regidos por uma consciência esclarecida TS1 421 2 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Provérbios 9:10. Os que vencem como Cristo venceu, precisam guardar-se continuamente contra as tentações de Satanás. O apetite e as paixões devem ser restringidos e postos em sujeição ao domínio de uma consciência esclarecida, para que o intelecto seja equilibrado, claras as faculdades de percepção, de maneira que as manobras do inimigo e seus ardis não sejam considerados como a providência de Deus. Muitos desejam a recompensa final e a vitória concedidas aos vencedores, mas não estão dispostos a suportar fadiga, privação e renúncia ao próprio eu, como fez o Redentor. É unicamente por meio da obediência e de contínuo esforço que havemos de vencer como Cristo venceu. TS1 421 3 A força dominante do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares quando, se houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás. Os que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de aperfeiçoar o caráter cristão. A incessante transgressão do homem através de seis mil anos, tem trazido em resultado doença, dor e morte. E, à medida que nos aproximamos do fim do tempo, a tentação do inimigo para ceder ao apetite será mais poderosa e difícil de vencer. Começar em casa TS1 422 1 A obra de temperança deve começar em nossa família, à nossa mesa. As mães têm importante obra a fazer a fim de darem ao mundo, mediante a verdadeira disciplina e educação, filhos capazes de ocupar qualquer posição, por assim dizer, e que também possam honrar e fruir os deveres da vida doméstica. TS1 422 2 Muito importante e sagrada é a obra da mãe. Cumpre-lhe ensinar aos filhos, desde o berço, a praticar atos de domínio próprio e de abnegação. Caso o tempo da mãe seja ocupado principalmente com as extravagâncias deste século degenerado, se os vestidos e as reuniões sociais lhe tomam o precioso tempo, as crianças deixam de receber aquela educação que lhes é essencial possuir a fim de formarem caráter digno. A ansiedade da mãe cristã não deve ser meramente no sentido das coisas exteriores, mas de que seus filhos possuam constituições saudáveis e boa moral. TS1 422 3 Muitas mães que deploram a intemperança que existe por toda parte, não aprofundam a visão o bastante para ver a causa. Preparam diariamente uma variedade de pratos e alimentos muito condimentados, que tentam o apetite e incitam a comer em excesso. A mesa de nosso povo americano é geralmente provida de modo a formar bêbados. Para vasta classe, o apetite é a regra dominante. Quem quer que condescenda com o apetite comendo demasiado freqüentemente, e comida que não seja saudável, está enfraquecendo sua força para resistir aos reclamos desse apetite e da paixão em outros sentidos, e isso proporcionalmente ao vigor que permitiu tornarem os hábitos incorretos no comer. TS1 422 4 As mães precisam ser devidamente impressionadas quanto à obrigação que têm para com Deus e o mundo, de prover à sociedade filhos de caráter bem formado. Homens e mulheres que venham ao campo de ação com princípios firmes, estarão aptos a permanecer incontaminados entre a poluição moral deste século corrupto. -- Testimonies for the Church 3:562, 563 (1875). TS1 423 1 Visto que o estado saudável da mente depende da condição normal das forças vitais, que cuidado precisa ser exercido para não se usarem narcóticos nem estimulantes! TS1 423 2 O fumo é um veneno lento, perigoso, e seus efeitos são mais difíceis de desaparecer do organismo do que os do álcool. Que resistência tem o adepto do fumo para deter o progresso da intemperança? Deve haver em nosso mundo uma revolução acerca do fumo, antes que o machado seja posto à raiz da árvore. Tornamos o assunto mais íntimo: O chá e o café estão fomentando a sede que se desenvolve quanto a estimulantes mais fortes, como o fumo e as bebidas alcoólicas. E chegamos ainda mais perto de nosso lar, às refeições diárias, às mesas postas em lares cristãos: É porventura a temperança praticada em tudo? São as reformas essenciais à saúde e à felicidade aí postas em prática? TS1 423 3 Todo verdadeiro cristão regerá o apetite e as paixões. A menos que ele esteja livre da servidão do apetite, não pode ser um genuíno e obediente servo de Cristo. É a condescendência com o apetite e as paixões que tornam a verdade sem efeito para o coração. Impossível é ao espírito e ao poder da verdade santificarem o homem -- alma, corpo e espírito -- quando ele é dominado pelo apetite e a paixão. -- Testimonies for the Church 3:569, 570 (1875). TS1 423 4 Todos devem guardar os sentidos, para que Satanás sobre eles não obtenha a vitória; pois estes são as entradas da alma. -- Testimonies for the Church 3:507 (1875). TS1 423 5 Professamos, como um povo, ser reformadores, portadores de luz no mundo, fiéis sentinelas de Deus, guardando cada entrada pela qual Satanás poderia entrar com suas tentações para perverter o apetite. Nosso exemplo e influência precisam ser uma força no sentido da reforma. Cumpre abster-nos de toda prática que nos adormeça a consciência ou estimule a tentação. Não devemos abrir porta alguma que dê a Satanás acesso à mente de uma criatura humana formada à imagem de Deus. Se todos estivessem vigilantes e fiéis, guardando as pequeninas aberturas feitas pelo uso moderado do chamado vinho inofensivo e da sidra, fechar-se-ia a estrada que leva à bebedice. O que é preciso em toda localidade, é um firme propósito e a vontade de não tocar, não provar, não manusear; então a reforma da temperança será vigorosa, permanente e completa. -- Testimonies for the Church 5:360 (1885). ------------------------Capítulo 80 -- A disciplina da provação TS1 425 1 "E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata. Então ao Senhor trarão ofertas em justiça. E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao Senhor, como nos dias antigos, e como nos primeiros anos." Malaquias 3:3, 4. Eis o processo, o processo de afinar e purificar, a ser feito pelo Senhor dos exércitos. Esse processo é demasiado difícil para a alma, mas é unicamente por meio dele que se podem remover as escórias e contaminadoras impurezas. Nossas provações são todas necessárias para levar-nos mais perto de nosso Pai celeste, em obediência a Sua vontade, de modo a Lhe oferecermos uma oferta em justiça. TS1 425 2 A cada uma das pessoas aqui mencionadas, deu o Senhor aptidões, talentos a desenvolver. Cada um de vós necessita de nova e viva experiência na vida divina, a fim de fazer a vontade de Deus. Qualquer que seja a experiência passada, isto não basta para o presente, nem nos fortalece para vencer as dificuldades que encontramos no caminho. Precisamos diariamente nova graça e renovada resistência se queremos ser vitoriosos. TS1 425 3 Raramente somos, em todos os aspectos, colocados duas vezes nas mesmas circunstâncias. Abraão, Moisés, Elias, Daniel e muitos outros, foram todos severamente provados, mas não da mesma maneira. Cada um tem suas provas individuais no drama da vida, mas justamente a mesma provação raro sobrevém duas vezes. Cada um tem sua própria experiência, peculiar no caráter e nas circunstâncias, a fim de realizar determinada obra. Deus tem uma obra, um desígnio na vida de cada um de nós. Todo ato, por pequeno que seja tem seu lugar na experiência de nossa vida. Cumpre-nos possuir contínua luz e experiência que provém de Deus. Todos necessitamos delas, e o Senhor está mais que disposto a dar, se as quisermos receber. Não cerrou as janelas do Céu a vossas orações, mas tende-vos contentado com passar sem o auxílio divino de que tanto necessitais. TS1 426 1 Quão pouco sabeis da importância dos atos que diariamente praticais sobre a vida de outros. Talvez suponhais que o que dizeis ou fazeis não tem muita conseqüência, quando importantíssimos são os resultados de nossas palavras e ações para o bem ou para o mal. Atos e expressões considerados diminutos e insignificantes, são elos na longa cadeia dos acontecimentos humanos. Não tendes experimentado a necessidade de Deus manifestar-nos Sua vontade em todos os atos da vida diária. Quanto a nossos primeiros pais, o desejo de uma única satisfação do apetite abriu as comportas da miséria e do pecado sobre o mundo. Oxalá, prezadas irmãs, sentísseis que todo passo que dais talvez tenha duradoura e dominante influência sobre vossa própria vida e o caráter de outros. Oh! quão necessário é então termos comunhão com Deus! Que necessidade da graça divina para dirigir cada passo, e mostrar-nos como aperfeiçoar caráter cristão! Uma experiência progressiva TS1 426 2 Os cristãos terão novas cenas e provações novas a enfrentar, nas quais a experiência passada não pode ser guia suficiente. Agora, mais que em qualquer outro período de nossa vida, precisamos aprender do divino Mestre. E quanto mais experiência alcançarmos, quanto mais nos aproximarmos da pura luz celeste, tanto mais discerniremos em nós a necessidade de reforma. Podemos todos realizar boa obra em benefício dos outros, uma vez que busquemos conselho de Deus, e o sigamos com a obediência da fé. A vereda do justo é progressiva, de força em força, de graça em graça, e de glória em glória. A iluminação divina aumenta mais e mais, correspondendo a nosso movimento de avanço, habilitando-os a fazer face as responsabilidades e emergências que se nos deparam. TS1 427 1 Quando sois premidos pelas provas, quando os pensamentos vos são dominados pelo desânimo e a sombria incredulidade, quando o egoísmo vos molda as ações, não vedes a necessidade que tendes do Senhor, e de conhecimento profundo e completo de Sua vontade. Não sabeis a vontade de Deus, tampouco a podeis saber enquanto viveis para o próprio eu. Descansais em vossas boas intenções e resoluções, e a maior parte da vida compõe-se de resoluções tomadas e não cumpridas. O que todos necessitais é morrer para o eu, deixar de a ele vos apegardes, e entregar-vos a Deus. TS1 427 2 De boa vontade vos confortaria, caso pudesse. De bom grado vos louvaria os bons traços, os propósitos bons e as boas ações; mas Deus não quis mostrá-los a mim. Apresentou-me os impedimentos à formação do caráter nobre, elevado, de santidade, que precisais ter a fim de não perder o descanso celeste e a glória imortal que Ele quer que alcanceis. Desviai os olhos de vós para Jesus. Ele é tudo em todos. Os merecimentos do sangue de um Salvador crucificado e ressurgido serão suficientes para purificar do menor como do maior dos pecados. Com fé confiante, entregai a guarda de vossas almas a Deus como a um fiel Criador. Não estejais em constante temor e apreensão de que Deus vos abandone. Jamais o fará, a menos que dEle vos aparteis. Cristo virá e habitará em vós, caso Lhe abrais a porta do coração. Pode haver perfeita harmonia entre vós e o Pai e o Filho, uma vez que morrais para o próprio eu e vivais para Deus. TS1 427 3 Quão poucos se apercebem de ter queridos ídolos, de haverem nutrido pecados! Deus vê esses pecados a que talvez estejais cegos, e emprega Sua faca de podar, cortando fundo a fim de separar de vós esses pecados nutridos. Todos vós deveis escolher por vós mesmos o processo de purificação. Como vos é difícil submeter-vos à crucifixão do próprio eu! Mas quando toda a obra é entregue nas mãos de Deus, Ele que sabe nossas fraquezas e nossa pecaminosidade, segue o melhor caminho para produzir o desejado fim. TS1 428 1 Foi por entre constante conflito e com singeleza de fé que Enoque andou com Deus. Podeis todos fazer o mesmo. Podeis converter-vos e transformar-vos inteiramente, tornando-vos em verdade filhos de Deus, que fruem, não somente o conhecimento de Sua vontade mas que, por seu exemplo, encaminham outros à mesmo caminho de humilde obediência e consagração. A verdadeira piedade difunde-se e é comunicativa. Diz o salmista: "Não escondi a Tua justiça dentro do meu coração; apregoei a Tua fidelidade e a Tua salvação; não escondi da grande congregação a Tua benignidade e a Tua verdade." Salmos 40:10. Onde quer que se encontre o amor de Deus, há sempre um desejo de exprimi-lo. TS1 428 2 Que Deus vos ajude a todos a fazer diligentes esforços para obter a vida eterna, e para conduzir outros ao caminho da santidade. ------------------------Capítulo 81 -- "Não poderei descer" TS1 429 1 "Estou fazendo uma grande obra", diz Neemias, "de modo que não poderei descer. Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?" Neemias 6:3. TS1 429 2 Foi-me mostrado, em 3 de Janeiro de 1875, que o povo de Deus não devia afrouxar por um momento sua vigilância. Satanás acha-se em nosso encalço. Está decidido a vencer com suas tentações o povo que observa os mandamentos de Deus. Se não lhe dermos lugar, antes resistirmos a seus ardis firmes na fé, teremos força para apartar-nos de toda iniqüidade. Os que observam os mandamentos de Deus serão uma força na Terra, caso vivam segundo seus privilégios e a luz que têm. Serão modelos de piedade, de coração e conversação santos. Não teremos folga, para que possamos deixar de vigiar e orar. À medida que se aproxima o tempo de Cristo manifestar-Se nas nuvens do céu, as tentações de Satanás far-se-ão sentir com mais poder sobre os que guardam os mandamentos de Deus; pois ele sabe que seu tempo é curto. TS1 429 3 A obra de Satanás será levada avante por meio de instrumentos. Pastores que aborrecem a lei de Deus empregarão qualquer meio para desviar almas de sua lealdade para com o Senhor. Nossos mais acérrimos inimigos achar-se-ão entre os adventistas do primeiro dia. Têm o coração inteiramente decidido a fazer guerra contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. Essa classe julga ser virtude falar, escrever e agir movidos pelo mais intenso ódio contra nós. Não precisamos esperar um trato eqüitativo nem justiça de suas mãos. A muitos deles é inspirado por Satanás um furor insano contra os observadores dos mandamentos divinos. Usarão conosco de malignidade e nos desfigurarão; todos os nossos motivos e ações serão mal julgados e nosso caráter será alvo de seus ataques. Assim se manifestará a ira do dragão. Vi, porém, que não devemos ficar nem um pouco desanimados. Nossa força está em Jesus, que nos advoga a causa. Se confiamos humildemente em Deus, apegando-nos firmemente às Suas promessas, Ele nos dará graça e sabedoria do alto para resistir a todos os ardis de Satanás, e sair vitoriosos. TS1 430 1 Em minha recente visão foi-me mostrado que não nos aumentará a influência nem nos trará o favor de Deus o desforrar-nos ou descer de nossa grande obra ao nível deles, enfrentando-lhes as calúnias. Pessoas há que recorrerão a toda espécie de engano e falsidade a fim de atingirem a seu objetivo de iludir e lançar infâmia sobre a lei de Deus e sobre os que a amam e lhe obedecem. Repetirão as mentiras mais incoerentes e baixas, várias vezes, até que eles próprios chegam a crer que isso é a verdade. Essas falsidades são os mais fortes argumentos que têm a empregar contra o sábado do quarto mandamento. Não devemos deixar que os sentimentos nos dominem, e desviem da obra de advertir o mundo. O exemplo de Neemias TS1 430 2 Foi-me apresentado o caso de Neemias. Ele se achava empenhado na construção dos muros de Jerusalém, e os inimigos de Deus estavam decididos a não permitir que os mesmos fossem construídos. "Sucedeu que, ouvindo Sambalá e Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo, e ligaram-se entre si todos, para virem guerrear Jerusalém, e para os desviarem do seu intento." Neemias 4:7, 8. TS1 431 1 Nesse caso o espírito de ódio e oposição contra os hebreus formou o traço de união, criando mútua simpatia entre diversas corporações de homens que, de outro modo, poder-se-iam guerrear uns aos outros. Isto ilustra bem o que freqüentemente testemunhamos em nossos dias na união existente entre homens de diferentes denominações para se oporem à verdade presente -- homens cuja ligação única parece ser aquilo que é de natureza satânica, manifestando amargura e ódio contra os remanescentes que guardam os mandamentos de Deus. Isto se verifica especialmente nos adventistas do primeiro dia, de nenhum dia e de todos os-dias-iguais, os quais parecem famosos por se aborrecerem e caluniarem uns aos outros, quando lhes sobra algum tempo dos esforços que empregam para apresentarem falsamente, caluniarem e maltratarem por todos os modos os adventistas do sétimo dia. TS1 431 2 "Porém nós oramos ao nosso Deus, e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles." Neemias 4:9. Corremos contínuo risco de tornar-nos presunçosos, confiando em nossa própria sabedoria, deixando de fazer de Deus a nossa força. Coisa alguma perturba tanto a Satanás como o lhe conhecermos os ardis. Se sentimos o próprio perigo, sentiremos também a necessidade que temos de oração, como aconteceu com Neemias e, à sua semelhança, obteremos aquela firme defesa que nos dará segurança no perigo. Caso sejamos descuidosos e indiferentes, certamente seremos vencidos pelos enganos de Satanás. Cumpre-nos ser vigilantes. Ao passo que, como Neemias, recorremos à oração, levando todas as nossas perplexidades e cargas ao Senhor, não devemos sentir que nada mais temos a fazer. Precisamos vigiar da mesma maneira que orar. Devemos vigiar a obra de nossos adversários, não obtenham eles vantagem, iludindo as almas. Cumpre-nos, na sabedoria de Cristo, esforçar-nos para derrotar-lhes os desígnios ao passo que, ao mesmo tempo, não permitimos que nos desviem da grande obra em que nos encontramos empenhados. A verdade é mais forte que o erro. A justiça prevalecerá sobre a iniqüidade. Contar com a oposição TS1 432 1 O povo do Senhor está buscando restaurar a brecha feita na lei de Deus. "E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isaías 58:12-14. TS1 432 2 Isso perturba os inimigos de nossa fé, e são empregados todos os meios a fim de impedir-nos em nossa obra. Todavia as paredes derribadas vão sendo firmemente reconstruídas. O mundo está sendo advertido, e muitos se estão desviando de pisar o sábado de Jeová. O Senhor está nesta obra, e o homem não a pode deter. Anjos de Deus estão colaborando com os esforços de Seus fiéis servos, e a obra vai em decidido progresso. Encontraremos oposição de toda espécie, como aconteceu com os construtores dos muros de Jerusalém; se, porém, vigiamos e oramos e trabalhamos como eles fizeram, o Senhor combaterá nossos combates por nós, e nos dará vitórias preciosas. TS1 432 3 Neemias "se chegou ao Senhor, não se apartou de após Ele, e guardou os mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés. Assim foi o Senhor com ele". 2 Reis 18:6, 7. Repetidamente foram enviados mensageiros solicitando uma conferência com Neemias, mas ele se recusou a ir encontrar-se com eles. Fizeram-se ousadas ameaças do que eles pretendiam fazer, e enviaram emissários para desviar a atenção do povo que estava empenhado na obra de construção. Estes apresentaram lisonjeiros incentivos, e prometeram aos construtores isenção de restrições, e admiráveis privilégios, caso unissem os próprios interesses aos seus, e parassem a obra de construção. TS1 433 1 Mas o povo tinha ordem de não meter-se em contenda com seus inimigos, e não responder-lhes nem uma palavra, para que não lhes fosse dada nenhuma vantagem de palavras. Recorreram a ameaças e ridículo. Diziam: "Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará facilmente o seu muro de pedra." Sambalá "ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus". Neemias orou: "Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça." Neemias 4:3, 1, 4. TS1 433 2 "E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer: por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco? E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi. Então Sambalá da mesma maneira pela quinta vez me enviou o seu moço com uma carta aberta na sua mão." Neemias 6:3-5. TS1 433 3 Sofreremos a mais renhida oposição da parte dos adventistas que se opõem à lei de Deus. Mas, como os edificadores dos muros de Jerusalém, não nos devemos distrair nem deter em nossa obra por causa do que os outros dizem, por mensageiros que desejem discussão ou polêmica, ou por ameaças intimidantes, divulgação de falsidades, ou qualquer ardil sugerido por Satanás. Nossa resposta deve ser: Estamos empenhados em uma grande obra, e não podemos descer. Ficaremos por vezes perplexos ante qual direção tomar a fim de manter a honra da causa de Deus, e vindicar-Lhe a verdade. Confiança em Deus TS1 433 4 A atitude de Neemias deve ter poderosa influência em nosso espírito quanto à maneira de enfrentar essa espécie de oponentes. Cumpre-nos levar tudo isso ao Senhor em oração, como Neemias fez suas súplicas a Deus com humilhação de espírito. Chegou-se a Deus com inabalável fé. Esse é o procedimento que devemos seguir. O tempo é demasiado precioso para que os servos de Deus o devotem a reivindicar o próprio caráter, atingido pelos que aborrecem o sábado do Senhor. Cumpre-nos ir avante com firme confiança, crendo que Deus dará a Sua verdade grandes e preciosas vitórias. Descansando em Jesus humilde e mansamente, e com pureza de vida, devemos ter conosco um convincente poder de que possuímos a verdade. TS1 434 1 Não compreendemos, como é nosso privilégio, a fé e confiança que podemos ter em Deus, e as grandes bênçãos que a fé nos dará. Acha-se diante de nós importante obra. Temos de adquirir aptidão moral para o Céu. Nossas palavras e exemplo devem falar ao mundo. Anjos de Deus se acham ativamente empenhados em servir a Seus filhos. Estão escritas preciosas promessas, sob condição de obedecermos aos mandamentos de Deus. O Céu está pleno das mais ricas bênçãos à espera de nos serem comunicadas. Caso sintamos nossa necessidade e sinceramente nos acheguemos a Deus, com fervente fé, seremos postos em íntimo contato com o Céu, e nos tornaremos veículos de luz para o mundo. TS1 434 2 Importa que se faça soar muitas vezes a advertência: "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." 1 Pedro 5:8. ------------------------Capítulo 82 -- Biografias bíblicas TS1 435 1 As vidas relatadas na Bíblia são histórias autênticas de pessoas reais. Desde Adão, passando pelas sucessivas gerações, até ao tempo dos apóstolos, temos uma narração clara, ao natural, do que realmente ocorreu, e a genuína experiência de personagens verídicos. É caso de admiração para muitos que a história inspirada relatasse na vida de homens bons, fatos que lhes maculam o caráter moral. Os infiéis utilizam-se desses pecados com grande prazer, e expõem ao ridículo os que os cometeram. Os escritores inspirados não testificam de falsidades, para impedir que as páginas da história sagrada sejam obscurecidas pelo registro das fragilidades e faltas humanas. Os escribas de Deus escreveram segundo lhes foi ditado pelo Espírito Santo, não tendo eles, próprios, controle sobre o trabalho. Registraram a verdade literal, e fatos severos, repugnantes, são revelados por motivos que nossa mente finita não pode compreender plenamente. TS1 435 2 É uma das melhores provas da autenticidade das Escrituras, o não ser a verdade apresentada com paliativos, nem os pecados de seus principais personagens suprimidos. Muitos alegarão ser fácil relatar o que ocorre em uma existência comum. É, porém, fato provado, ser uma impossibilidade humana o narrar imparcialmente a história de um contemporâneo; e o é quase igualmente narrar sem desvios da exata verdade a vida de qualquer pessoa ou povo com cuja vida nos achamos relacionados. O espírito humano é tão sujeito ao preconceito, que lhe é quase impossível tratar o assunto imparcialmente. Ou os defeitos da pessoa em questão são salientados em evidente relevo, ou suas virtudes brilham com não desmerecido resplendor, segundo o preconceito do escritor lhe seja favorável ou contrário. Por imparcial que o historiador se proponha a ser, todos os críticos concordarão em que é muito difícil realizar verdadeiramente esse objetivo. TS1 436 1 A unção divina, porém, erguida acima das fraquezas humanas, conta a verdade simples, nua. Quantas biografias se têm escrito de corretos cristãos, que, em sua vida comum no lar, em suas relações com a igreja brilharam como exemplos de imaculada piedade! Defeito algum manchou a beleza da santidade deles, falta alguma é registrada de modo a lembrar-nos de que eram argila comum, e sujeitos às naturais tentações da humanidade. Todavia, houvesse-lhes a pena da Inspiração escrito a história, e quão diversos pareceriam eles! Ter-se-iam revelado fraquezas humanas, lutas com o egoísmo, hipocrisia e orgulho, talvez pecados ocultos, e a luta contínua entre o espírito e a carne. TS1 436 2 Os próprios diários íntimos não revelam em suas páginas os pecaminosos atos do autor. Por vezes registram-se os conflitos com o mal, mas normalmente apenas quando o bem triunfou. Mas podem conter fiel registro de atos dignos de louvor e de nobres esforços; isto, também, quando o escritor pretende sinceramente manter um diário fiel de sua vida. É quase uma impossibilidade humana expor nossas faltas à possível inspeção de nossos amigos. TS1 436 3 Houvesse nossa boa Bíblia sido escrita por pessoas não inspiradas, e apresentaria bem diverso aspecto, e seria um estudo desalentador para os errantes mortais, os quais estão a contender com as fragilidades naturais e as tentações de um inimigo astuto. Tal como é, no entanto, temos relatório fiel das experiências religiosas de notáveis personagens da história bíblica. Os homens favorecidos por Deus, e a quem confiou grandes responsabilidades, foram por vezes vencidos pela tentação e cometeram pecados, mesmo como nós da época presente lutamos, vacilamos e caímos freqüentemente em erro. É, porém, animador para nosso coração desfalecido saber que, mediante a graça de Deus, eles puderam obter novo vigor para se erguer outra vez acima de sua má natureza; e, lembrando-nos disso estamos prontos a renovar o conflito por nossa vez. A experiência de Israel é uma advertência TS1 437 1 As murmurações do antigo Israel, e seu rebelde descontentamento, bem como os poderosos milagres operados em seu favor, e os castigos de sua idolatria e ingratidão, acham-se escritos para nosso benefício. O exemplo do antigo Israel é apresentado como advertência ao povo de Deus, a fim de evitarem a incredulidade e escaparem a Sua ira. Houvessem as iniqüidades dos hebreus sido omitidas do registro sagrado, sendo contadas apenas suas virtudes, sua história deixaria de ensinar-nos a lição que ensina. TS1 437 2 Os infiéis e amantes do pecado desculpam seus crimes citando a maldade de homens a quem Deus deu autoridade, nos tempos antigos. Alegam que, se esses santos homens cederam à tentação e cometeram pecados, não é de admirar que eles também sejam culpados de proceder mal; e dão a entender que não são tão maus afinal de contas, uma vez que têm tão ilustres exemplos de iniqüidade diante deles. TS1 437 3 Os princípios de justiça exigiam uma fiel narração dos fatos para benefício de todos quantos houvessem de ler os sagrados registros. Aí divisamos as provas da sabedoria divina. É-nos exigido obedecer à lei de Deus, e não somente somos instruídos quanto à pena da desobediência, como nos é contada, para benefício nosso e advertência, a história de Adão e Eva no Paraíso, e os tristes resultados de sua desobediência aos mandamentos de Deus. O relatório é pleno e explícito. TS1 437 4 A lei dada ao homem no Éden está registrada, juntamente com o castigo resultante no caso de sua desobediência. Segue-se a história da tentação e queda, e o castigo infligido a nossos pais em seu erro. Seu exemplo nos é dado como advertência contra o desobedecer, de modo a estarmos certos de que o salário do pecado é a morte, que a justiça retributiva de Deus não falha, e que Ele exige de Suas criaturas estrita consideração para com Seus mandamentos. Quando a lei foi proclamada no Sinai, como foi definida a penalidade anexa, e quão certo o castigo que seguiria à transgressão da lei, e quão positivos são os casos registrados em testemunho disso! TS1 438 1 A pena da inspiração, fiel a sua tarefa, conta-nos os pecados em que caíram Noé, Ló, Moisés, Abraão, Davi e Salomão, e que mesmo o forte espírito de Elias sucumbiu ante a tentação durante sua terrível prova. A desobediência de Jonas e a idolatria de Israel são fielmente relatadas. A negação de Cristo por parte de Pedro, a viva contenda entre Paulo e Barnabé, as falhas e fraquezas dos profetas e dos apóstolos, todas são expostas pelo Espírito Santo, que descerra o véu do coração humano. Ali se acha diante de nós a vida dos crentes, com todas as suas faltas e loucuras, o que visa uma lição a todas as gerações que os seguissem. Houvessem eles sido isentos de fraquezas, teriam sido mais que humanos, e nossa natureza pecaminosa desesperaria de atingir nunca a tal grau de excelência. Vendo, porém, onde eles lutaram e caíram, onde se animaram outra vez e venceram mediante a graça de Deus, somos animados e induzidos a avançar e passar por cima dos obstáculos que a natureza degenerada nos coloca no caminho. TS1 438 2 Deus tem sido sempre fiel em castigar o crime. Envia Seus profetas para advertir os culpados, denuncia-lhes os pecados, e declara o juízo a vir sobre eles. Os que perguntam porque a Palavra de Deus revela os pecados de Seu povo de maneira tão clara para os zombadores escarnecerem e os santos deplorarem, devem considerar que tudo isso foi escrito para ensino deles, para que evitem os males assim registrados, e imitem apenas a justiça dos que serviram ao Senhor. TS1 438 3 Precisamos exatamente dessas lições que a Bíblia nos dá, pois com a revelação do pecado, está registrada a retribuição que se lhe segue. A dor e o arrependimento do culpado, as lamentações da alma enferma de pecado, chegam até nós, vindas dos tempos idos, mostrando-nos que então, como agora, o homem necessitava da perdoadora misericórdia de Deus. Isto nos ensina que, ao passo que Ele é o punidor do crime, compadece-Se e perdoa o pecador arrependido. TS1 439 1 Em Sua providência, tem o Senhor achado por bem ensinar e advertir Seu povo de várias maneiras. Por ordens diretas, pelos sagrados escritos e pelo Espírito de Profecia, tem-lhes Ele dado a conhecer Sua vontade. Minha obra tem sido falar claramente das faltas e erros do povo de Deus. O fato de os pecados de certos indivíduos terem sido trazidos à luz, não quer dizer que eles sejam piores aos olhos de Deus do que muitos cujas faltas não são relatadas. Foi-me no entanto mostrado que não me pertence escolher meu trabalho, mas obedecer humildemente à vontade de Deus. Os erros e maus procedimentos existentes na vida de professos cristãos são registrados para instrução dos que estão sujeitos a cair nas mesmas tentações. A experiência de um serve como farol para advertir outros a se desviarem dos perigosos recifes. TS1 439 2 Assim se revelam os laços e ardis de Satanás, a importância de aperfeiçoar um caráter cristão, e os meios por que se pode obter esse resultado. Dessa maneira Deus indica o que é necessário fazer para conseguir-Lhe a bênção. Há, por parte de muitos, a tendência de deixar que se levantem sentimentos rebeldes, caso lhes sejam reprovados os erros. O espírito desta geração, é: "Dizei-nos coisas aprazíveis." Isaías 30:10. Mas o Espírito de Profecia só diz a verdade. Espalha-se a iniqüidade, e esfria o amor de muitos que professam seguir a Cristo. Estão cegos à iniqüidade do próprio coração, e não sentem a condição fraca e desamparada em que se encontram. Em misericórdia, Deus ergue o véu, e mostra-lhes que, por trás do cenário, há uns olhos que lhes distinguem a invisível culpa e os motivos de suas ações. TS1 439 3 Os pecados das igrejas populares acham-se caiados. Muitos dos membros andam em grosseiros vícios, e acham-se embebidos em iniqüidades. Caída é Babilônia e tornou-se habitação de toda ave imunda e aborrecível! Os mais revoltantes pecados da época se abrigam sob a capa do cristianismo. Muitos proclamam a abolição da lei de Deus, e certamente sua vida se acha em harmonia com essa fé. Se não há lei, então não há transgressão, e portanto não há pecado; pois o pecado é a transgressão da lei. TS1 440 1 A mente carnal é inimizade contra Deus, e rebela-se contra a vontade dEle. Arremesse ela uma vez o jugo da obediência, e desliza inconscientemente para a ilegalidade do crime. Abundante é a iniqüidade entre os que falam majestosamente da pura e perfeita liberdade religiosa. Sua conduta é aborrecível ao Senhor; eles são coobreiros do adversário das almas. A luz da verdade revelada desvia-se de seus olhos, e as belezas da santidade não passam de sombras para eles. TS1 440 2 É surpreendente ver sobre que frágeis fundamentos muitos constroem suas esperanças do Céu! Injuriam a lei do Infinito, como se O quisessem desafiar, e anular-Lhe a palavra. O próprio Satanás, com o conhecimento que tem da lei divina, não ousaria fazer os discursos que alguns pastores aborrecedores da lei fazem do púlpito; todavia, exulta com a blasfêmia deles. Foi-me mostrado que o homem está sem conhecimento da vontade de Deus. Crimes e iniqüidades enchem-lhe a medida da existência. Quando, porém, o Espírito de Deus lhe revela toda a significação da lei, que mudança se lhe opera no coração! Qual Belsazar, lê com entendimento a escritura do Altíssimo, e apodera-se-lhe da alma a convicção. Os trovões da Palavra de Deus despertam-nos da letargia e clama por misericórdia em nome de Jesus. E Deus sempre atende a essa humilde petição com ouvidos cheios de boa vontade. Jamais manda embora sem conforto um penitente. TS1 440 3 O Senhor achou por bem dar-me uma visão das necessidades e erros de Seu povo. Por penoso que me haja sido, tenho exposto fielmente aos ofensores suas faltas e o meio de remediá-las, segundo os ditames do Espírito de Deus. Isto, em muitos casos, tem despertado a língua da calúnia, envenenando contra mim aqueles por quem tenho trabalhado e sofrido. Não me tenho, todavia, desviado de minha direção por causa disto. Deus me deu o trabalho e, apoiada por Sua força mantenedora, tenho cumprido os penosos deveres que tem posto diante de mim. Assim tem o Espírito de Deus pronunciado advertências e juízos, sem recusar, contudo, a doce promessa da misericórdia. TS1 441 1 Caso o povo de Deus reconhecesse Sua maneira de lidar com eles, e Lhe aceitassem os ensinos, encontrariam caminho reto para seus pés, e uma luz para guiá-los por entre as trevas e o desânimo. Davi aprendeu sabedoria do trato de Deus para com ele, e curvou-se humildemente sob o castigo do Altíssimo. O fiel retrato de sua verdadeira condição feito pelo profeta Natã, deu a Davi o conhecimento dos próprios pecados, e ajudou-o a afastá-los de si. Aceitou humildemente o conselho, e humilhou-se diante de Deus. "A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma", exclama ele. Salmos 19:7. Não há motivo de desespero TS1 441 2 Os pecadores arrependidos não têm motivo de desesperar-se por lhes serem lembradas suas transgressões e serem advertidos do perigo em que se encontram. Esses próprios esforços em seu favor, indicam quanto Deus os ama e deseja salvá-los. Só têm de seguir-Lhe os conselhos e fazer Sua vontade, para herdarem a vida eterna. Deus põe os pecados diante de Seu povo errante, a fim de que os vejam em toda a sua enormidade à luz da verdade divina. É seu dever então a eles renunciar para sempre. TS1 441 3 Deus é tão poderoso hoje para salvar do pecado, como o era nos tempos patriarcais, de Davi e dos profetas e apóstolos. A multidão de casos registrados na história sagrada em que o Senhor livrou Seu povo das iniqüidades deles, deve tornar os cristãos de hoje ansiosos de receberem as instruções divinas, e zelosos de aperfeiçoarem um caráter que suporte a íntima inspeção do juízo. TS1 441 4 A história bíblica sustém o coração desfalecido com a esperança da misericórdia de Deus. Não precisamos desesperar quando vemos que outros têm lutado através de desânimos semelhantes aos nossos, e caíram em tentações da mesma maneira que nós, e não obstante reconquistaram o terreno e foram abençoados por Deus. As palavras da Inspiração confortam e animam a alma errante. Se bem que os patriarcas e os apóstolos fossem sujeitos às fragilidades humanas, obtiveram, pela fé, boa reputação, combateram seus combates na força do Senhor, e venceram gloriosamente. Assim, podemos confiar na virtude do sacrifício expiatório, e ser vencedores no nome de Jesus. A humanidade é a humanidade em todo o mundo, desde os tempos de Adão, até à geração atual; e o amor de Deus é, através de todos os séculos um amor incomparável. ------------------------Capítulo 83 -- A responsabilidade do membro da igreja TS1 443 1 Prezados Irmãos: Como todos os membros do organismo humano -- diversos entre si -- se unem para formar o corpo, e cada um desempenha suas funções em obediência ao poder que governa o todo, assim os membros da igreja de Cristo devem estar unidos em um corpo simétrico, sujeito ao santificado entendimento do todo. TS1 443 2 O progresso da igreja é retardado pela errônea conduta de seus membros. O unir-se à igreja, conquanto seja um ato importante e necessário, não faz de uma pessoa um cristão, nem lhe assegura a salvação. Não nos é possível garantir-nos um título ao Céu pelo fato de termos o nome inscrito no livro da igreja, quando o coração se acha alienado de Cristo. Cumpre-nos ser fiéis representantes Seus na Terra, trabalhando em concerto com Ele. "Amados, agora somos filhos de Deus." 1 João 3:2. Devemos conservar em mente esta santa relação, não fazendo nada que traga desonra à causa de nosso Pai. TS1 443 3 Exaltada é nossa profissão de fé. Como adventistas observadores do sábado, professamos obedecer a todos os mandamentos de Deus, e aguardar a vinda de nosso Redentor. Soleníssima mensagem de advertência foi confiada aos poucos fiéis de Deus. Por nossas palavras e atos devemos mostrar que reconhecemos a grande responsabilidade que foi posta sobre nós. Tão brilhante deve resplandecer nossa luz, que outros possam ver que glorificamos ao Pai em nossa vida diária; que estamos ligados com o Céu, e somos co-herdeiros de Jesus Cristo, para que ao aparecer Ele em poder e grande glória, sejamos semelhantes a Ele. TS1 443 4 Devemos todos sentir nossa responsabilidade individual como membros da igreja visível e obreiros na vinha do Senhor. Não devemos esperar que nossos irmãos, tão frágeis como nós mesmos, nos ajudem pelo caminho; pois nosso precioso Salvador convidou-nos ajuntar-nos a Ele, e unir nossa fraqueza a Sua força, nossa ignorância a Sua sabedoria, nossa indignidade a Seus méritos. Nenhum de nós pode ocupar uma posição neutra; nossa influência se exercerá pró ou contra. Somos agentes ativos de Cristo, ou do inimigo. Ou ajuntamos com Cristo, ou espalhamos. A verdadeira conversão é uma mudança radical. A própria inclinação da mente ou a tendência do coração deve ser desviada, tornando-se a vida nova outra vez em Cristo. Deus conduz um povo TS1 444 1 Deus está conduzindo um povo para ficar em perfeita unidade sobre a plataforma da verdade eterna. Cristo Se deu ao mundo a fim de poder "purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras". Tito 2:14. Esse processo de purificação destina-se a purgar a igreja de toda injustiça e do espírito de discórdia e contenda, de modo que eles possam edificar em vez de derribar, e concentrarem as energias na grande obra que está diante deles. É o desígnio de Deus que Seu povo chegue todo à unidade da fé. A oração de Cristo imediatamente antes de Sua crucifixão, foi que Seus discípulos fossem um, assim como Ele era um com o Pai, para que o mundo cresse que o Pai O enviara. Esta tocante e maravilhosa oração vem através dos séculos, até nossos dias; pois Suas palavras foram: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim." João 17:20. TS1 444 2 Com que diligência devem os professos seguidores de Cristo buscar responder em sua vida esta oração! Muitos há que não avaliam a santidade da relação da igreja, e são contrários a submeter-se à disciplina e restrição. A conduta que seguem mostra que exaltam o próprio juízo acima do da igreja unida; e não cuidam de guardar-se para que não estimulem um espírito de oposição à voz da mesma. Os que ocupam posição de responsabilidade na igreja podem ter faltas semelhantes às de outras pessoas, e podem errar em suas decisões; não obstante, a igreja de Cristo na Terra investiu-os de uma autoridade que não pode ser levemente estimada. Após Sua ressurreição, Cristo delegou poder a Sua igreja, dizendo: "Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos." João 20:23. TS1 445 1 A relação para com a igreja não é para ser levianamente cancelada; todavia quando o caminho de alguns professos seguidores de Cristo é barrado, ou quando sua voz não tem a influência dominante que eles julgam merecer, ameaçam deixar a igreja. Na verdade, separando-se da igreja seriam eles próprios os principais prejudicados; pois afastando-se para além do âmbito de sua influência, sujeitam-se a todas as tentações do mundo. Sinceros apoiadores TS1 445 2 Todo crente deve ter o coração inteiro em sua ligação com a igreja. A prosperidade desta deve constituir-lhe o primeiro interesse e a menos que se sinta sob sagradas obrigações de tornar sua ligação com a igreja mais um benefício para ela do que para si mesmo, ela passará muito melhor sem ele. Está ao alcance de todos fazer alguma coisa pela causa de Deus. Pessoas há que despendem grandes quantias para luxos desnecessários; satisfazem os próprios apetites, mas consideram grande carga contribuir com recursos para a manutenção da igreja. Estão dispostos a receber todo o benefício de seus privilégios, mas preferem deixar aos outros que lhe paguem as contas. TS1 445 3 Os que na verdade sentem profundo interesse no avanço da causa, não hesitarão em investir dinheiro no empreendimento sempre e onde quer que se faça mister. Devem considerar também solene dever ilustrar em seu caráter os ensinos de Cristo, estando em paz uns com os outros, e agindo em perfeita harmonia como um todo indivisível. Cumpre-lhes sujeitar seu juízo individual ao do corpo da igreja. Muitos vivem só para si. Consideram a própria vida com grande complacência, lisonjeando-se de serem irrepreensíveis, quando de fato não estão fazendo nada para Deus, e vivem em positiva oposição a Sua palavra expressa. A observância de formas externas jamais satisfará a grande carência da alma. O professar seguir a Cristo não basta para habilitar uma pessoa a suportar a prova do dia do juízo. Importa que haja perfeita confiança em Deus, infantil confiança em Suas promessas, e inteira consagração a Sua vontade. TS1 446 1 Deus sempre tem provado Seu povo na fornalha da aflição, a fim de verificar se são firmes e leais, e purificá-los de toda injustiça. Depois de Abraão e seu filho haverem sofrido a mais rigorosa prova que era possível impor-lhes, Deus disse por meio do anjo a Abraão: "Agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único." Gênesis 22:12. Esse grande ato de fé faz com que o caráter de Abraão resplandeça com notável brilho. Exemplifica eloqüentemente sua perfeita confiança no Senhor, do qual nada reteve, nem mesmo o filho da promessa. TS1 446 2 Coisa alguma há, demasiado preciosa para darmos a Jesus. Se Lhe devolvermos os talentos de recursos que nos confiou à guarda, mais porá Ele em nossas mãos. Todo esforço que fizermos por Cristo será por Ele recompensado; e todo dever que cumprimos em Seu nome contribuirá para nossa própria felicidade. Deus entregou Seu bem-amado Filho às agonias da crucifixão, para que todo aquele que nEle crê se tornasse um por meio do nome de Jesus. Se Cristo fez tão grande sacrifício a fim de salvar os homens e levá-los à unidade uns com os outros, da mesma maneira que Ele Se achava unido a Seu Pai, que sacrifício é demasiado grande para Seus seguidores fazerem de modo a conservarem essa unidade? O testemunho de uma igreja unida TS1 446 3 Se o mundo vê harmonia perfeita na igreja de Deus, isto será poderosa demonstração aos seus olhos em favor da religião cristã. Dissensões, lamentáveis diferenças e insignificantes provações na igreja desonram nosso Redentor. Tudo isso se pode evitar mediante a entrega do próprio eu ao Senhor, e se os seguidores de Cristo obedecerem à voz da igreja. A incredulidade sugere que a independência individual nos aumenta a importância, que é fraqueza subordinar nossas idéias do que é direito e conveniente ao veredicto da igreja; ceder a esses sentimentos e pontos de vista, porém, não é seguro, levando-nos à anarquia e confusão. Cristo viu que a unidade e a comunhão cristã eram necessárias à causa de Deus, e portanto a recomendou aos discípulos. E a história do cristianismo de então para cá demonstra de modo conclusivo que unicamente na união está a força. Subordine-se o juízo individual à autoridade da igreja. TS1 447 1 Os apóstolos sentiram a necessidade de unidade estrita, e para esse fim trabalharam zelosamente. Paulo exortou nas seguintes palavras a seus irmãos: "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer." 1 Coríntios 1:10. TS1 447 2 Ele escreveu também aos irmãos filipenses: "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no espírito, se alguns profundos afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vangloria, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus." Filipenses 2:1-5. TS1 447 3 Aos romanos, escreveu ele: "Ora o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para a glória de Deus." Romanos 15:5-7. "Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos." Romanos 12:16. TS1 448 1 Pedro escreveu às igrejas dispersas: "E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção." 1 Pedro 3:8, 9. TS1 448 2 E em sua epístola aos Coríntios, Paulo diz: "Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos; sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco." 2 Coríntios 13:11. TS1 448 3 Deveis, tanto quanto possível, pôr-vos em harmonia com vossos irmãos e irmãs. Cumpre-vos render-vos a Deus, e deixar de manifestar severidade e a disposição de criticar. Deveis sujeitar vosso próprio espírito, revestindo-vos do espírito do querido Salvador. Esforçai-vos por agarrar-Lhe a mão, a fim de que esse contato vos eletrize, carregando-vos das suaves propriedades de Seu incomparável caráter. Podeis abrir o coração ao Seu amor, e deixar que Seu poder vos transforme e Sua graça seja vossa força. Então, exercereis poderosa influência para o bem. Vossa força moral estará à altura da mais severa prova de caráter. Pura e santificada será a vossa integridade. "Então, romperá a tua luz como a alva." Isaías 58:8. -- Testimonies for the Church 4:63 (1876). TS1 448 4 A religião de Cristo não exige que renunciemos a nossa identidade de caráter, mas simplesmente que nos adaptemos, até certo ponto, aos sentimentos e maneiras dos outros. Podem-se juntar em uma unidade de fé religiosa muitas pessoas cujas opiniões, hábitos e gostos em coisas temporais, não se acham em harmonia; se, porém, o amor de Cristo lhes arde no peito, e esperam o mesmo Céu como lar eterno, podem fruir a mais aprazível e inteligente comunhão, e a mais admirável das uniões. Dificilmente há duas pessoas cuja vida seja semelhante em todos os particulares. As provas de uma talvez não sejam as da outra, e nosso coração se deve sempre abrir em bondosa simpatia e inflamar-se com o amor que Jesus teve por todos os Seus irmãos. -- Testimonies for the Church 4:65, 66 (1876). ------------------------Capítulo 84 -- Avançar TS1 450 1 A história dos filhos de Israel foi escrita para ensino e admoestações de todos os cristãos. Quando os israelitas eram surpreendidos por perigos e dificuldades, e seu caminho parecia impedido, abandonava-os a fé, e murmuravam contra o chefe que Deus lhes designara. Censuravam-no por levá-los ao perigo, quando ele apenas obedecera à voz de Deus. TS1 450 2 A ordem divina, foi: "Avançai!" Não deviam esperar até que o caminho se aplainasse, e pudessem compreender inteiramente o plano para seu livramento. A causa de Deus é progressiva, e Ele abrirá um caminho diante de Seu povo. Hesitar e queixar-se é manifestar desconfiança no Santo de Israel. Em Sua providência, Deus conduziu o povo à fortaleza das montanhas tendo o Mar Vermelho em frente, a fim de operar seu livramento e libertá-los para sempre de seus inimigos. Poderia havê-los salvo por qualquer outra maneira, mas escolheu esse meio a fim de provar-lhes a fé, e fortalecer-lhes a confiança nEle. TS1 450 3 Não podemos acusar Moisés de falta pelo fato de o povo murmurar contra sua direção. Era o próprio coração rebelde, insubmisso que havia neles, que os levava a censurar o homem a quem Deus escolhera para conduzir Seu povo. Enquanto Moisés agia no temor de Deus, e segundo Suas instruções, com inteira fé em Suas promessas, aqueles que o deviam apoiar ficavam desanimados, nada podendo ver diante deles senão derrota, ruína e morte. TS1 450 4 O Senhor está agora a lidar com o Seu povo, o povo que crê na verdade presente. É desígnio Seu operar importantes resultados, e enquanto em Sua providência, age nesse sentido, diz ao povo: "Avançai!" Certamente o caminho ainda não está aberto; ao marcharem, porém, na força da fé e da coragem, o Senhor mostrará o caminho claro aos seus olhos. Sempre haverá pessoas que murmurem, como fez o antigo Israel, e ponham a culpa das dificuldades em que se acham sobre os que Deus suscitou com o fim especial de promover o avançamento de Sua causa. Deixam de ver que Ele os está provando com o levá-los a situações críticas, das quais não há livramento possível senão pelo Seu braço. TS1 451 1 Tempos há em que a vida cristã parece cercada de perigos, e difícil se afigura o cumprimento do dever. A imaginação pinta ruína pela frente, escravidão e morte por trás. Todavia a voz de Deus fala claramente acima de todos os desânimos: "Avançai!" Cumpre-nos obedecer a esta ordem, seja qual for o resultado, mesmo que nossos olhos não logrem penetrar as trevas, e sintamos frias ondas envolverem-nos os pés. Avançar pela fé TS1 451 2 Os hebreus estavam cansados e possuídos de terror; não obstante, houvessem eles ficado para trás quando Moisés lhes ordenou que marchassem, houvessem-se recusado a aproximar-se mais do Mar Vermelho, nunca haveria o Senhor aberto um caminho para eles. Marchando até à própria água, mostraram ter fé na palavra divina proferida por Moisés. Fizeram tudo o que lhes estava ao alcance, e então o Poderoso de Israel fez Sua parte, e dividiu as águas para lhes oferecer aos pés uma vereda. TS1 451 3 As nuvens que se adensam em torno de nosso caminho nunca hão de desaparecer diante de um espírito vacilante, duvidoso. Diz a incredulidade: "Nunca poderemos transpor esses obstáculos; esperemos até que sejam removidos, e vejamos claramente o caminho." A fé, no entanto, insiste corajosamente num avanço, esperando tudo, em tudo crendo. A obediência a Deus traz certamente a vitória. É unicamente pela fé que podemos alcançar o Céu. TS1 451 4 Grande é a semelhança entre nossa história e a dos filhos de Israel. Deus conduziu Seu povo do Egito ao deserto, onde podiam guardar-Lhe a lei e obedecer-Lhe à voz. Os egípcios que não tinham nenhuma consideração pelo Senhor, achavam-se acampados perto deles; todavia, o que para os israelitas era uma abundância de luz, iluminando todo o acampamento e lançando claridade sobre o caminho que lhes estava em frente, para as hostes de Faraó constituía um muro de nuvens, tornando mais negra a escuridão da noite. TS1 452 1 Há presentemente, da mesma maneira, um povo a quem Deus fez depositários de Sua lei. Para os que Lhe obedecem, os mandamentos do Senhor são qual coluna de fogo, aclarando e indicando o caminho para a salvação eterna. Para os que os desprezam, porém, são como sombras da noite. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Salmos 111:10. Melhor que qualquer outro conhecimento é a compreensão da Palavra de Deus. Grande galardão há em guardar-Lhe os mandamentos, e engodo algum da Terra deve levar o cristão a vacilar por um momento em sua aliança. Riquezas, honras e pompas mundanas, não passam de escória que perecerá diante do fogo da ira de Deus. TS1 452 2 A voz do Senhor ordenando a Seus fiéis: "Avançai", prova-lhes freqüentemente a fé ao máximo. Caso, porém, eles adiassem a obediência até que se desvanecesse de sua compreensão toda sombra de incerteza, e não restasse risco de fracasso ou derrota, jamais eles avançariam. Os que julgam ser-lhes impossível submeter-se à vontade de Deus e confiar-Lhe nas promessas até que tudo se aclare e aplaine diante deles, nunca se submeterão, absolutamente. Fé não é certeza de conhecimento; é "o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem". Hebreus 11:1. Obedecer aos mandamentos de Deus, eis a única maneira de obter-Lhe o favor. "Avançai", deve ser a divisa do cristão. ------------------------Capítulo 85 -- Coobreiros de Cristo TS1 453 1 O tempo decorrido durante e depois da reunião de tenda de 1874, foi de importância para _____. Caso houvesse cômoda e espaçosa casa de culto ali, mais do dobro das pessoas que foram reunidas haveriam tomado decisão em favor da verdade. Deus opera com os nossos esforços. Por nossa negligência e egoísmo podemos fechar o caminho aos pecadores. Devia ter havido grande diligência em buscar salvar os que ainda estavam em erro, mas que se interessaram na verdade. TS1 453 2 Necessita-se no serviço de Cristo tão sábia liderança, como nos campos de batalha de um exército que protege a vida e a liberdade do povo. Não é qualquer um que pode trabalhar judiciosamente pela salvação de almas. Tem-se de pensar muito aplicadamente. Importa que não entremos na obra do Senhor a esmo, e esperemos sucesso. O Senhor necessita de homens de entendimento, homens que pensem. Jesus chama coobreiros, não desatinados. Deus quer homens de reto pensar e inteligentes para fazer a grande obra necessária para a salvação de almas. TS1 453 3 Os mecânicos, advogados, comerciantes, homens de toda espécie de profissões e negócios preparam-se a fim de se assenhorearem de seu trabalho. Deveriam os seguidores de Cristo ser menos inteligentes e, enquanto professem empenhar-se em Seu serviço ser ignorantes dos meios e modos a serem empregados? O empreendimento de alcançar a vida eterna está acima de qualquer consideração terrena. Para conduzir almas a Jesus é preciso ter-se certo conhecimento da natureza humana e estudar a mente dos homens. Importa dedicarmos muita reflexão e oração fervente a fim de saber a melhor maneira de aproximar-nos de homens e mulheres no que respeita ao grande tema da verdade. TS1 454 1 Algumas almas precipitadas, impulsivas, se bem que sinceras, depois de ouvirem incisivas pregações, abordarão os que não pertencem à nossa fé de maneira demasiado abrupta, tornando assim a verdade que desejamos vê-los aceitar, repulsiva aos olhos deles. "Os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz." Lucas 16:8. Os homens de negócios e os políticos estudam cortesia. Faz parte de seu método tornarem-se atraentes. Estudam a fim de tornarem seus discursos e maneiras tais que lhes proporcionem a máxima influência sobre o espírito dos que os rodeiam. Para alcançar esse objetivo, empregam o mais habilmente possível seus conhecimentos e aptidões. TS1 454 2 Grande é a soma de cascalho trazida por professos crentes em Cristo, o qual embarga o caminho para a cruz. Apesar de tudo isto, alguns há que ficam tão profundamente convictos, que virão através de tudo o que desanime, transporão todo obstáculo a fim de chegar à verdade. Houvessem, porém, os crentes nessa verdade purificado a mente pela obediência à mesma, houvessem compreendido a importância do conhecimento e do aperfeiçoamento das maneiras na obra de Cristo, poder-se-iam haver salvo vinte almas onde se salvou apenas uma. Animem-se os novos conversos TS1 454 3 Além disto, depois de as pessoas se haverem convertido à verdade, cumpre sejam cuidadas. Parece que o zelo de muitos pastores esmorece assim que alcançam certa medida de êxito em seus esforços. Não compreendem que os novos conversos necessitam ser atendidos -- vigilante atenção, auxílio, animação. Não devem ser deixados a si mesmos, presa das mais poderosas tentações de Satanás; eles precisam ser instruídos com relação a seus deveres, ser bondosamente tratados, conduzidos e visitados, orando-se com eles. Essas almas necessitam do alimento dado a seu tempo a cada homem. TS1 454 4 Não admira que alguns desanimem, retardem-se pelo caminho, e sejam deixados por presa aos lobos. Satanás se acha no encalço de todos. Envia seus agentes para levarem de volta a suas fileiras as almas que perdeu. Deve haver mais pais e mães para tomarem ao colo esses infantes na verdade, e animá-los e orar com eles, para que sua fé não se confunda. TS1 455 1 Pregar é uma pequena parte da obra a ser feita pela salvação de almas. O Espírito de Deus convence os pecadores da verdade, e depõe-nos nos braços da igreja. Os pastores podem fazer sua parte, mas nunca poderão efetuar a obra que deve ser feita pela igreja. Deus requer que a igreja cuide dos que são jovens na fé e na experiência, que vão ter com eles, não no intuito de tagarelar com eles, mas de orar, de dirigir-lhes palavras que sejam "como maçãs de ouro em salvas de prata". Provérbios 25:11. TS1 455 2 Necessitamos todos estudar o caráter e as maneiras, a fim de sabermos lidar adequadamente com as diferentes pessoas, e usar os melhores esforços para ajudá-las a ter correta compreensão da Palavra de Deus, e chegar a uma genuína vida cristã. Cumpre-nos ler a Bíblia com elas, desviando-lhes a mente das coisas temporais para seus interesses eternos. É dever dos filhos de Deus serem-Lhe missionários, relacionarem-se com os que carecem de auxílio. Se alguém está coxeando sob a tentação, seu caso deve ser considerado cuidadosamente, e tratado com sabedoria; pois acha-se em jogo seu interesse eterno, e as palavras e atos dos que estão trabalhando por ele podem ser um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. TS1 455 3 Apresenta-se por vezes um caso que deve ser tornado objeto de estudo apoiado por oração. É preciso mostrar-se à pessoa seu verdadeiro caráter, que ela compreenda as peculiaridades de disposição e temperamento que tem, e veja suas fraquezas. É mister lidar com ela judiciosamente. Caso seja acessível, se o coração se lhe comove por esse trabalho sábio e paciente, poderá ser ligada a Cristo por fortes laços, e levada a confiar em Deus. Oh! quando se faz uma obra assim, toda a corte celeste a contempla e se regozija; pois uma alma preciosa foi livrada dos laços do inimigo e salva da morte! Não valerá a pena trabalhar inteligentemente pela salvação de almas? Por elas, pagou Cristo o preço da própria vida, e hão de Seus seguidores perguntar: "Sou eu guardador de meu irmão?" Gênesis 4:9. Não trabalharemos em concerto com o Mestre? Não apreciaremos o valor de almas por quem nosso Salvador morreu? A obra pelas crianças TS1 456 1 Têm-se feito alguns esforços para interessar as crianças na causa, mas não suficientemente. Nossas Escolas Sabatinas devem ser mais atrativas. As escolas públicas, nos últimos anos, aperfeiçoaram grandemente seus métodos de ensino. Lições ilustradas, gravuras e quadros-negros estão sendo usados a fim de esclarecer à mente das crianças as lições difíceis. Da mesma maneira pode ser simplificada a verdade presente, apresentando-se de maneira intensamente interessante às mentes ativas dos pequenos. TS1 456 2 Pais que de outro modo não seriam alcançados, são-no com freqüência por meio de seus filhos. Os professores da Escola Sabatina podem instruir as crianças na verdade e estas, por sua vez, a levarão para o círculo doméstico. Poucos mestres, no entanto, parecem compreender a importância desse ramo da obra. Os métodos de ensino com tanto êxito adotados nas escolas públicas, podem ser empregados com idênticos resultados nas Escolas Sabatinas, sendo o meio de levar crianças a Jesus, e educá-las na verdade bíblica. Isto fará benefício incomparavelmente maior do que a promoção religiosa de caráter emocional, que passa tão prontamente como vem. TS1 456 3 Importa nutrir o amor de Cristo. É preciso mais fé na obra que acreditamos deva ser feita antes da vinda de Jesus. Cumpre haver mais abnegação, mais labor feito com sacrifício na devida direção. Importa também que haja atento estudo apoiado por oração quanto à maneira de trabalhar com os melhores resultados. Devem-se elaborar cuidadosos planos. Há entre nós mentalidades capazes de inventar e executar, uma vez que se aplicam a isto. Grandes seriam os resultados de esforços bem dirigidos e inteligentes. Interessantes reuniões de oração TS1 457 1 As reuniões de oração devem ser as mais interessantes que se realizem; são, no entanto, freqüentemente fracamente dirigidas. Muitos assistem ao culto de pregação, mas negligenciam as reuniões de oração. Também nisso exige-se reflexão. Precisamos buscar sabedoria de Deus, e fazer planos para dirigir essas reuniões de maneira a torná-las interessantes e atrativas. O povo tem fome do pão da vida. Se o encontrarem na reunião de oração, ali irão a buscá-lo. TS1 457 2 Longas e fastidiosas palestras e orações são inadequadas em qualquer parte, e especialmente na reunião de oração. Os que são desinibidos e sempre prontos a falar, tomam a liberdade de sacrificar o testemunho dos tímidos e retraídos. Os mais superficiais têm, geralmente, mais a dizer. Longas e mecânicas são suas orações. Fatigam os anjos e os que os escutam. Nossas orações devem ser breves e diretas. Que as longas e enfadonhas petições fiquem para nosso aposento particular, caso alguém queira fazer alguma dessa espécie. Deixai que o Espírito de Deus vos entre no coração, e Ele daí expelirá toda a seca formalidade. O poder da boa música TS1 457 3 A música pode ser uma grande força para o bem; não fazemos, entretanto, o máximo com esse ramo de culto. O canto é feito em geral por impulso ou para atender a casos especiais, e outras vezes deixam-se os cantores ir errando, e a música perde o devido efeito no espírito dos presentes. A música deve ter beleza, emoção e poder. Ergam-se as vozes em hinos de louvor e devoção. Chamai em vosso auxílio, se possível, a música instrumental, e deixai ascender a Deus a gloriosa harmonia, em oferta aceitável. TS1 457 4 Mas por vezes é mais difícil disciplinar os cantores, mantendo-os em concerto, do que aperfeiçoar os hábitos de oração e exortação. Muitos querem fazer as coisas segundo sua maneira particular; fazem objeções aos conselhos, e impacientam-se sob liderança. Necessitam-se, no serviço de Deus, de planos bem amadurecidos. O bom senso, eis uma coisa excelente no culto do Senhor. Devem-se consagrar a Cristo as faculdades pensantes, idealizando-se meios e modos de O servir melhor. A igreja de Deus, que está procurando fazer o bem com o viver a verdade, e buscando salvar almas, pode ser uma força no mundo, caso seus membros sejam disciplinados pelo Espírito do Senhor. Não devem achar que podem trabalhar negligentemente para a eternidade. Simpatia e sociabilidade TS1 458 1 Perdemos muito, como povo, por falta de simpatia e sociabilidade uns com os outros. O que fala de independência e se fecha em si mesmo, não está preenchendo o lugar que lhe foi designado por Deus. Somos filhos de Deus, dependendo mutuamente uns dos outros quanto à felicidade. Impendem sobre nós os reclamos de Deus e da humanidade. Cumpre-nos a todos desempenhar nossa parte nesta vida. É o devido cultivo dos elementos sociais de nossa natureza, que nos põe em simpatia com nossos irmãos, e nos proporciona felicidade em nossos esforços por beneficiar os outros. A felicidade do Céu consistirá na pura comunhão de seres santos -- a harmoniosa vida social com os benditos anjos e com os remidos que lavaram seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Não nos podemos sentir felizes enquanto nos encerramos em nossos próprios interesses. Devemos viver neste mundo para ganhar almas para o Salvador. Se ofendemos os outros, prejudicamo-nos a nós mesmos. Se os beneficiamos, somos nós mesmos beneficiados; pois a influência de toda ação boa se reflete em nosso próprio coração. TS1 458 2 Estamos no dever de ajudar-nos uns aos outros. Nem sempre nos pomos em contato com cristãos sociáveis, que sejam amáveis e brandos. Muitos não receberam a devida educação; têm caráter rústico, são ásperos e cheios de acidentes, e parecem torcidos em toda maneira. Ao passo que ajudamos essas pessoas a reconhecerem seus defeitos, é preciso termos cautela para não nos impacientar e irritar com as faltas de nossos semelhantes. Há pessoas desagradáveis que professam a Cristo; a beleza da graça cristã, no entanto, transformá-las-á, caso se empenhem diligentemente na obra de obter a mansidão e a gentileza dAquele a quem seguem, lembrando-se de que "nenhum de nós vive para si". Romanos 14:7. Coobreiros de Cristo! Que exaltada posição! TS1 459 1 Onde se encontrarão os missionários abnegados nessas grandes cidades? O Senhor necessita de obreiros em Sua vinha. Devemos temer privá-Lo do tempo que Ele de nós reclama; temer gastá-lo ociosamente ou em adorno do corpo, aplicando a extravagantes desígnios as horas preciosas que nos são dadas por Deus a fim de as consagrarmos à oração, a nos familiarizarmos com a Bíblia, e a trabalhar pelo bem de nossos semelhantes, assim habilitando-nos a nós, e a eles, para a grande obra que sobre nós está. TS1 459 2 As mães dão-se a trabalho desnecessário com roupas para embelezarem a si próprias e a seus filhos. É nosso dever trajar-nos simplesmente, e vestir os filhos com asseio, sem ornamentos desnecessários, bordados, ou exibições, cuidando em não fomentar neles o amor do vestuário que se lhes demonstrará uma ruína, antes buscando cultivar as graças cristãs. Nenhum de nós pode ser desculpado de suas responsabilidades, e de maneira alguma podemos estar sem culpa diante do trono de Deus, a menos que realizemos a obra que o Senhor nos deixou para fazer. TS1 459 3 Precisam-se missionários para Deus, homens e mulheres fiéis que não se eximam às responsabilidades. O trabalho feito judiciosamente, dará bons resultados. Há trabalho real a fazer. A verdade deve ser levada perante o povo cuidadosamente por aqueles que aliam a mansidão à sabedoria. Não nos devemos manter afastados de nossos semelhantes, antes aproximar-nos bem deles; pois sua alma é tão preciosa como a nossa. É-nos possível levar-lhes a luz aos lares, pleitear com eles num espírito brando e submisso a Deus para que se elevem ao exaltado privilégio que lhes é oferecido, orar com eles quando parecer oportuno, e mostrar-lhes que podem atingir as mais altas realizações, falando-lhes então prudentemente das sagradas verdades para estes últimos dias. TS1 460 1 Há entre nosso povo mais reuniões para cantar do que para orar; mas mesmo essas reuniões podem ser dirigidas de maneira tão reverente e todavia tão animada, que possam exercer benéfica influência. Há, porém, demasiado gracejar, conversas ociosas e tagarelice para se tornarem esses períodos salutares, elevando os pensamentos e aperfeiçoando as maneiras. ------------------------Capítulo 86 -- Reavivamentos sensacionalistas TS1 461 1 Os interesses em _____ têm estado muito divididos. Ao surgir uma novidade, alguns exercem sua influência em sentido errôneo. Todo homem e mulher deve estar alerta quando se espalham enganos destinados a desviar da verdade. Há pessoas sempre prontas a ver e ouvir qualquer coisa nova e estranha; e o inimigo das almas tem nessas grandes cidades muita coisa com que inflamar a curiosidade e manter a mente distraída das grandes e santificadoras verdades para estes últimos dias. TS1 461 2 Se todo fervor religioso que paira no ar leva alguns a negligenciar prestarem inteiro apoio, seja pela sua presença, seja pela influência exercida, à minoria que crê na verdade impopular, haverá na igreja muita fraqueza, quando poderia existir força. Satanás emprega vários meios para conseguir seus fins; e, se sob o disfarce de religião popular, ele puder desviar pessoas vacilantes e incautas da senda da verdade, muito haverá conseguido quanto a dividir a força do povo de Deus. Esse instável entusiasmo de reavivamento, que vem e vai como a maré, apresenta um exterior ilusório que engana muitas pessoas sinceras, levando-as a crer que seja o verdadeiro Espírito do Senhor. Isso multiplica os conversos. Os de natureza agitada, os fracos e fáceis de ser levados, ajuntam-se em torno de sua bandeira; ao retroceder a onda, no entanto, encontram-se como náufragos na praia. Não sejais iludidos por falsos mestres, nem levados por palavras vãs. O inimigo das almas por certo terá iguarias suficientes de fábulas aprazíveis adequadas ao paladar de todos. TS1 461 3 Sempre surgirão meteoros; a esteira luminosa que deixam, porém, dissipa-se imediatamente ficando após uma treva que parece mais densa que a anterior. Essas manifestações criadas pela narração de anedotas e exibições de excentricidades e singularidades são todas obras superficiais; e os de nossa fé que se encantam com essas centelhas nunca edificarão a causa de Deus. Estão prontos a retirar sua influência ao mais leve motivo, e a induzir outros a assistirem àquelas reuniões onde ouvem o que enfraquece a alma e traz confusão ao espírito. É o retirar assim o interesse da obra que faz com que a causa de Deus seja enfraquecida. Precisamos estar firmes na fé; ser inabaláveis. Temos diante de nós a obra que nos cabe realizar, e é fazer com que a luz da verdade, tal como se revela na lei de Deus, brilhe sobre outros, para desviá-los das trevas. Essa obra requer decidida e perseverante energia, e um firme propósito de vencer. É necessário firmeza TS1 462 1 Alguns há na igreja, que precisam firmar-se às colunas de nossa fé, aprofundar-se e encontrar um fundamento sólido, em vez de vacilar na superficialidade, agindo por impulsos. Há na igreja dispépticos espirituais. Fazem-se a si mesmos inválidos; sua debilidade espiritual é resultado de sua própria direção instável. São atirados daqui para lá, pelos mutáveis ventos de doutrina, ficando freqüentemente confusos e lançados na incerteza pelo fato de procederem inteiramente movidos pelos sentidos. São cristãos de sensações, sempre sedentos de alguma coisa nova e diversa; a fé é-lhes confundida por doutrinas estranhas, e são inúteis para a causa da verdade. TS1 462 2 Deus pede homens e mulheres estáveis, de propósitos firmes, nos quais se possa confiar em tempos de perigo e provação, tão firmemente arraigados e fundados na verdade como as colinas eternas, a quem se não possa mover para a direita nem para a esquerda, mas que marchem sempre avante, e sempre se encontrem no devido lugar. Alguns há que, em tempos de perigo religioso, quase se podem procurar sempre nas fileiras do inimigo; se alguma influência exercem, é a favor do erro. Não se sentem sob a obrigação moral de dar toda a força à verdade que professam. Esses serão recompensados segundo suas obras. TS1 463 1 Os que pouco fazem pelo Salvador no sentido da salvação de almas, e em se manterem retos diante de Deus, não vêm a adquirir muita fibra espiritual. Precisamos de empregar continuamente a força que possuímos a fim de que esta se desenvolva e aumente. Como a doença é o resultado da violação das leis naturais, assim é o declínio espiritual resultante de contínua transgressão da lei de Deus. E todavia os próprios transgressores podem professar guardar todos os mandamentos divinos. TS1 463 2 Precisamos, para conservar-nos espiritualmente sãos, aproximar-nos mais de Deus, pôr-nos em mais íntima ligação com o Céu, e seguir os princípios da lei nas mínimas ações de nossa vida diária. Deus deu a Seus servos aptidões, talentos a serem usados para Sua glória, e não para jazerem ociosos ou serem desperdiçados. Ele lhes deu luz e conhecimento de Sua vontade, para que sejam comunicados a outros; e assim fazendo, tornamo-nos vivos condutos de luz. Uma vez que não exercitemos nossa força espiritual, tornamo-nos fracos, da mesma maneira que os membros do corpo se debilitam quando o inválido é forçado a permanecer por longo tempo inativo. É a atividade que vitaliza. Servir aos outros TS1 463 3 Coisa alguma dará maior resistência espiritual e mais acréscimo de fervor e profundidade de sentir, do que visitar e servir os doentes e desanimados, ajudá-los a ver a luz e a firmarem em Jesus a sua fé. Há deveres desagradáveis a serem cumpridos por alguém, do contrário almas serão deixadas a perecer. Os cristãos encontrarão bênçãos em cumprir esses deveres, por desagradáveis que sejam. Cristo empreendeu a penosa tarefa de vir da morada da pureza e glória para viver, como homem entre os homens, em um mundo cauterizado e enegrecido pelo crime, a violência e a iniqüidade. E fez isto para salvar almas; hão de os objetos de tão surpreendente amor e incomparável condescendência justificar sua vida de comodidade egoísta? buscarão o próprio prazer, seguirão suas inclinações, e deixarão as almas perecerem nas trevas pelo fato de terem de enfrentar decepções e repulsas se trabalharem para salvá-las? Cristo pagou preço infinito pela redenção do homem, e há de este dizer: "Meu Senhor, não quero trabalhar em Tua vinha; rogo-Te que me hajas por escusado"? TS1 464 1 Deus chama os que estão ociosos em Sião a que se levantem e operem. Não darão eles ouvidos à voz do Mestre? Ele quer obreiros de oração, fiéis, que semeiem sobre todas as águas. Os que assim trabalham ficarão surpreendidos ao verificar que as provas, suportadas resolutamente em nome e na força de Jesus, darão firmeza à fé e renovarão o ânimo. No caminho da obediência humilde, encontram-se segurança e poder, conforto e esperança; a recompensa, porém, será finalmente perdida pelos que nada fazem por Jesus. As mãos fracas serão incapazes de agarrar-se ao Poderoso, os joelhos débeis deixarão de servir de sustentáculos no dia da adversidade. Os obreiros bíblicos e obreiros cristãos receberão a gloriosa recompensa e ouvirão o: "Bem está, servo bom e fiel; entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. ------------------------Capítulo 87 -- Retenção de meios TS1 465 1 A bênção de Deus repousará sobre os que, em _____ têm a causa de Cristo no coração. As ofertas voluntárias de nossos irmãos e irmãs, feitas com fé e amor para com o Redentor crucificado, lhes trarão bênçãos em troca; pois Deus observa e lembra todo ato de liberalidade por parte de Seus santos. Ao preparar uma casa de culto, importa haver grande exercício de fé e confiança em Deus. Nas transações comerciais, os que não arriscam nada, pouco progresso fazem; por que não ter fé também num empreendimento para Deus, e investir em Sua causa? TS1 465 2 Quando pobres, alguns são generosos com o pouco que possuem; ao adquirirem propriedades, porém, tornam-se mesquinhos. O motivo de terem tão pouca fé é não se manterem avançando à medida que prosperam, e darem à causa de Deus ainda que seja com sacrifício. TS1 465 3 No sistema judaico exigia-se mostrar beneficência para com o Senhor em primeiro lugar. Na colheita e na vindima, os primeiros frutos do campo -- o grão, o vinho e o azeite -- deviam ser consagrados em oferta ao Senhor. Os rabiscos e os cantos dos campos eram reservados para os pobres. Nosso benévolo Pai celeste não negligenciou as necessidades do pobre. Os primeiros frutos da lã ao serem tosquiadas as ovelhas, dos cereais quando o trigo era trilhado, deviam ser oferecidos ao Senhor; e fora ordenado que os pobres, as viúvas, os órfãos e os estrangeiros fossem convidados para seus banquetes. Ao fim de cada ano, exigia-se de todos que fizessem solene juramento quanto a haverem ou não agido segundo o mandamento de Deus. TS1 466 1 Esta medida foi tomada pelo Senhor a fim de gravar no povo a idéia de que, em tudo, Ele devia ser o primeiro. Mediante esse sistema de beneficência deviam ter em mente que seu benévolo Senhor era o verdadeiro proprietário dos campos, rebanhos e gados que tinham em seu poder; que o Deus do Céu lhes enviava o Sol e a chuva para a sementeira e a sega, e que tudo quanto possuíam era de Sua criação. Tudo era do Senhor, e Ele os fizera mordomos de Seus bens. TS1 466 2 A liberalidade dos judeus na construção do tabernáculo e na construção do templo, mostra um espírito de beneficência não igualado pelos cristãos de qualquer época posterior. Eles acabavam de ser libertados de sua longa servidão no Egito, e andavam errantes no deserto; todavia, mal foram livrados dos exércitos egípcios que os perseguiam em sua precipitada viagem, veio a Moisés a palavra do Senhor, dizendo: "Fala aos filhos de Israel, que Me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a Minha oferta alçada." Êxodo 25:2. TS1 466 3 Seu povo possuía poucos bens, e não eram lisonjeiras as perspectivas de aumentá-los; tinham, porém, um objetivo diante de si -- construir um tabernáculo para Deus. O Senhor falara, e deviam obedecer-Lhe à voz. Não retiveram nada. Todos deram com espírito voluntário, não determinada porção de suas posses, mas grande quantidade do que tinham. Devotaram-no voluntária e alegremente ao Senhor, e foram-Lhe agradáveis assim fazendo. Não Lhe pertencia tudo? Não lhes havia Ele dado tudo quanto tinham? Se Ele o pedia, não era seu dever devolver-Lhe o que era Seu? TS1 466 4 Não foi preciso insistência. O povo levou ainda mais do que foi solicitado, sendo-lhes dito que parassem, pois já havia mais do que podiam empregar. Outra vez, ao construírem o templo, o pedido de meios encontrou corações voluntários em corresponder. Não deram com relutância. Regozijavam-se na perspectiva da construção de um edifício para o culto de Deus, e deram mais do que o necessário para esse desígnio. Davi bendisse o Senhor diante de toda a congregação, e disse: "Porque, quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos." 1 Crônicas 29:14. Noutra parte de sua oração, Davi deu graças nessas palavras: "Senhor, Deus nosso, toda esta abundância, que preparamos, para Te edificar uma casa ao Teu santo nome, vem da Tua mão, e toda é Tua." 1 Crônicas 29:16. TS1 467 1 Davi compreendia bem de onde lhe vinha toda a abundância. Quem dera que o povo de hoje, que se regozija no amor do Salvador, compreendesse que a prata e o ouro que possuem são do Senhor, e devem ser usados de modo a glorificá-Lo, e não retendo-os de má vontade, para enriquecerem e satisfazerem-se a si mesmos! Ele tem inquestionável direito a tudo quanto emprestou a Suas criaturas. Tudo quanto possuem, dEle é. TS1 467 2 Há elevados e santos objetivos que exigem meios; e o dinheiro assim empregado, proporcionará ao doador mais elevada e permanente alegria do que se fosse usado em satisfação pessoal, ou amontoado egoistamente por ganância de lucro. Quando Deus pede nosso tesouro, seja qual for a importância, a resposta voluntária torna a dádiva uma oferta consagrada a Ele feita, e deposita no Céu, para o doador, um tesouro que nem a traça nem o fogo consomem, nem os ladrões minam e roubam. É um depósito seguro. O dinheiro é colocado em sacos que não se rompem; está em segurança. TS1 467 3 Podem os cristãos, que se gabam de ter mais luz que os hebreus, dar menos do que eles? Podem os cristãos que vivem próximo ao fim do tempo ficar satisfeitos com suas ofertas, quando não são a metade do que eram as dos judeus? A liberalidade deles devia beneficiar a própria nação; a obra nestes últimos dias abrange o mundo inteiro. A mensagem da verdade deve ir a todas as nações, línguas e povos; suas publicações, impressas em muitas línguas, devem ser espalhadas por toda parte, como as folhas do outono. A cruz revela o princípio do sacrifício TS1 468 1 Está escrito: "Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento." 1 Pedro 4:1. E noutro lugar: "Aquele que diz que está nEle, também deve andar como Ele andou." 1 João 2:6. Indaguemos: Que faria nosso Salvador em nossas circunstâncias? quais seriam Seus esforços pela salvação das almas? Esta pergunta é respondida pelo exemplo de Cristo. Ele deixou Sua realeza, pôs de lado a glória que O circundava, sacrificou as riquezas que possuía e revestiu Sua divindade da humanidade a fim de aproximar-Se do homem no lugar em que este se achava. Seu exemplo nos mostra que Ele deu a vida pelos pecadores. TS1 468 2 Satanás disse a Eva que se poderia atingir um elevado estado de felicidade mediante a satisfação do apetite desenfreado; a promessa de Deus ao homem, entretanto, é mediante a negação do próprio eu. Quando sobre a vergonhosa cruz, Cristo, em agonia, sofria pela redenção do homem, foi exaltada a natureza humana. Unicamente pela cruz pode a família humana ser elevada à ligação com o Céu. A abnegação e cruzes se nos deparam a cada passo em nossa jornada rumo ao Céu. TS1 468 3 O espírito de liberalidade é o espírito do Céu; o de egoísmo, o de Satanás. O amor abnegado de Cristo revela-se na cruz. Ele deu tudo quanto tinha, e depois deu-Se a Si mesmo, para que o homem se salvasse. A cruz de Cristo constitui a todo discípulo do bendito Salvador um apelo à beneficência. O princípio aí exemplificado é dar, dar. Isto, realizado em verdadeira beneficência e boas obras, é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos, é adquirir, adquirir, e assim esperam assegurar a felicidade; levado a efeito em todos os sentidos, porém, o fruto desse princípio é miséria e morte. TS1 468 4 Levar a verdade a todos os habitantes da Terra, salvá-los da culpa e da indiferença, eis a missão dos seguidores de Cristo. Os homens precisam possuir a verdade, a fim de por ela serem santificados, e nós somos os veículos da luz de Deus. Nossos talentos, meios, conhecimentos, não se destinam apenas a nosso benefício; devem ser empregados para a salvação de almas, a fim de erguer o homem de sua vida de pecado e, mediante Cristo, levá-lo ao infinito Deus. TS1 469 1 Cumpre-nos ser obreiros zelosos nesta causa, buscando levar os pecadores contritos e crentes, ao divino Redentor, impressionando-os com um exaltado senso do amor de Deus para com o homem. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Que incomparável amor! Assunto para a mais profunda meditação! O surpreendente amor de Deus por um mundo que O não amou! Este pensamento exerce poder subjugante sobre a alma, e leva a mente cativa à vontade de Deus. Homens loucos por ganho, decepcionados e infelizes em sua perseguição do mundo, necessitam dessa verdade a fim de acalmarem a inquietante fome e sede de sua alma. A maldição do egoísmo TS1 469 2 Precisam-se, em vossa grande cidade, missionários para Deus, a fim de levarem a luz aos que se acham assentados nas sombras da morte. Necessita-se de mãos experientes que, na mansidão da sabedoria e na força da fé, ergam as almas cansadas ao peito do compassivo Redentor. Oh! o egoísmo! Que maldição! Ele nos impede de empenhar-nos no serviço de Deus. Impede-nos de perceber os reclamos do dever, os quais nos devem inflamar o coração de fervoroso zelo. Todas as nossas energias devem ser voltadas para a obediência de Cristo. Dividir nosso interesse com os dirigentes do erro, é ajudar o lado errado e dar vantagem a nossos inimigos. A verdade divina desconhece a transigência com o pecado, a ligação com o artifício, a aliança com a transgressão. Querem-se soldados que sempre respondam à chamada e estejam prontos para ação imediata; não os que, quando deles se há mister, encontram-se auxiliando o adversário. TS1 470 1 Grande é nossa obra. Há, todavia, muitos que professam crer nessas verdades sagradas, que se acham paralisados pelos enganos de Satanás, e não estão fazendo nada em favor, mas antes em prejuízo da causa de Deus. Quando procederão eles como os que esperam pelo Senhor? Quando mostrarão zelo em harmonia com sua fé? Muitas pessoas retêm egoistamente os meios de que dispõem, e acalmam a consciência com a idéia de fazerem alguma coisa pela causa do Senhor depois de sua morte. Fazem testamento doando grande importância à igreja e aos vários ramos de atividade da mesma, e depois sossegam com o pensamento de que fizeram tudo quanto deles é exigido. Onde negaram o próprio eu por esse ato? Ao contrário, manifestaram a verdadeira essência do egoísmo. Quando não mais podem usar o dinheiro, propõem-se a dá-lo a Deus. Retê-lo-ão, porém, enquanto puderem, até que sejam compelidos a abandoná-lo por meio de um mensageiro a quem não podem deter. TS1 470 2 Tal testamento é prova de verdadeira cobiça. Deus nos fez a todos mordomos Seus, e em caso algum nos autorizou a negligenciar o dever, ou deixar a outros seu cumprimento. O pedido de meios para levar avante a causa da verdade jamais será mais urgente que agora. Nosso dinheiro nunca há de fazer maior soma de bem do que no tempo atual. Cada dia de demora em aplicá-lo devidamente, limita o período em que ele será útil em salvar almas. Se deixamos a outros fazer aquilo que Deus pretendia que fizéssemos, prejudicamos a nós e Àquele que nos deu tudo quanto possuímos. Como podem outros fazer nossa obra de beneficência melhor do que a podemos fazer nós mesmos? Deus quereria que todo homem fosse, durante a existência, o executor de seu próprio testamento a esse respeito. A adversidade, um acidente, intrigas, poderão impedir para sempre premeditados atos de beneficência, quando o que acumulou a fortuna já não ali está para a guardar. É de lamentar que tantas pessoas negligenciem a áurea oportunidade presente para fazerem o bem, e esperem ser destituídas de sua mordomia antes de devolver ao Senhor os meios que lhes emprestou para Sua glória. "Guardai-vos da avareza" TS1 471 1 Um dos destacados aspectos dos ensinos de Cristo, é a freqüência e veemência com que Ele repreendia o pecado da avareza, e indicava o perigo das aquisições deste mundo e do desordenado amor do ganho. Nas mansões dos ricos, no templo e nas ruas, Ele advertia aqueles que indagavam acerca da salvação: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza." Lucas 12:15. "Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:24; Lucas 16:13. TS1 471 2 É essa crescente consagração a ganhar dinheiro, o egoísmo que o desejo de ganho produz, que remove da igreja o favor de Deus, e lhe amortece a espiritualidade. Quando a cabeça e as mãos se ocupam continuamente em planejar e labutar para acumulação de riquezas, esquecem-se os reclamos de Deus e da humanidade. Caso Deus nos haja abençoado com prosperidade, não é justo que nosso tempo e atenção sejam desviados dEle e empregados naquilo que Ele nos emprestou. O doador é maior que a dádiva. Não somos de nós mesmos; fomos comprados por preço. Acaso esquecemos esse preço infinito pago por nossa redenção? Morreu acaso no coração o reconhecimento? Não torna a cruz de Cristo vergonhosa uma vida de comodidade e satisfação egoístas? TS1 471 3 Que seria se Jesus, cansado da ingratidão e dos maus-tratos que se Lhe deparavam de todo lado, houvesse renunciado a Sua obra! Que seria, se Ele nunca houvesse chegado ao ponto em que pudesse dizer: "Está consumado!" João 19:30. E se houvesse voltado ao Céu, desanimado pela recepção que Lhe fizeram! Que seria, se Ele nunca houvesse passado por aquela angústia de alma no jardim do Getsêmani, angústia que Lhe forçou através dos poros aquelas grandes gotas de sangue! TS1 471 4 Em Seu serviço pela redenção da humanidade, Cristo foi influenciado por um amor sem igual, e pela consagração à vontade de Seu Pai. Labutou pelo bem do homem até à própria hora de Sua humilhação. Passou a vida na pobreza e abnegação pelo degradado pecador. Não teve, no mundo que era Seu, um lugar em que repousar a cansada cabeça. Estamos a colher os frutos desse infinito sacrifício; todavia, ao haver trabalho para fazer, ao ser necessário nosso dinheiro para ajudar a obra do Redentor na salvação de almas, recuamos do dever e pedimos que se nos escuse. Vil negligência, indiferença descuidosa e ímpio egoísmo nos cerram os sentidos aos reclamos de Deus. TS1 472 1 Oh! importa que Cristo, a Majestade do Céu, o Rei da glória, carregue a pesada cruz, use a coroa de espinhos e beba o cálice de amargura, enquanto nós nos reclinamos a gosto, glorificando-nos a nós mesmos e esquecendo as almas por cuja redenção Ele morreu, vertendo o precioso sangue? Não; demos enquanto podemos fazê-lo. Façamos enquanto temos forças. Trabalhemos enquanto é dia. Consagremos tempo e dinheiro ao serviço de Deus, para que Lhe tenhamos a aprovação e recebamos a recompensa. ------------------------Capítulo 88 -- O processo de prova TS1 473 1 Nosso caso acha-se pendente no tribunal celeste. Aí estamos prestando nossas contas dia a dia. Cada um será recompensado segundo suas obras. As ofertas queimadas e os sacrifícios não eram aceitáveis a Deus, na antiguidade, a menos que fosse reto o espírito com que eram oferecidos. Disse Samuel: "Tem porventura o Senhor, tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça a palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que a gordura de carneiros." 1 Samuel 15:22. Todo o dinheiro da Terra não pode comprar a bênção de Deus, nem assegurar-vos uma única vitória. TS1 473 2 Muitos fariam todo e qualquer sacrifício, menos exatamente aquele que devem fazer, que é entregarem-se, submeterem sua vontade à vontade de Deus. Disse Cristo a Seus discípulos: "Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos Céus." Mateus 18:3. Aí está uma lição de humildade. Devemos todos tornar-nos humildes como crianças a fim de herdar o reino. TS1 473 3 Nosso Pai celeste vê o coração dos homens, e conhece melhor seu caráter do que eles próprios. Vê que alguns possuem aptidões e faculdades que, devidamente dirigidas, poderiam ser empregadas para Sua glória, para ajudar a promover Sua obra. Ele submete a prova essas pessoas, e em Sua sábia providência as leva a posições diversas e variadas circunstâncias, provando-as de maneira a revelarem o que lhes está no coração e os pontos fracos em seu caráter, pontos até então ocultos a elas próprias. Dá-lhes oportunidade para corrigirem essas fraquezas, polirem todas as arestas de sua natureza, e habilitarem-se para Seu serviço, para que, quando as chamar à ação, estejam preparadas, e para que os anjos celestes possam unir seu labor ao esforço humano na obra que precisa fazer-se na Terra. TS1 474 1 Aos homens a quem Deus pretende que ocupem posições de responsabilidade, Ele revela, misericordiosamente, os ocultos defeitos que têm, a fim de se olharem interiormente e examinarem com olhos críticos as complicadas emoções e atitudes do próprio coração, verificando o que está errado. Poderão assim modificar sua disposição e aperfeiçoar suas maneiras. Em Sua providência o Senhor leva os homens a situações em que lhes possa provar a força moral e revelar os motivos de suas ações, de maneira que desenvolvam o que é bom em si mesmos, e afastem de si o que não presta. É vontade de Deus que Seus servos se familiarizem com o mecanismo moral do próprio coração. Para isso fazer, permite freqüentemente que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados. "Mas quem suportará o dia da Sua vinda? e quem subsistirá, quando Ele aparecer? porque Ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros. E assentar-Se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi, e os afinará como ouro e como prata. Então ao Senhor trarão ofertas em justiça." Malaquias 3:2, 3. TS1 474 2 A purificação do povo de Deus não se pode realizar sem que eles sofram. Deus permite ao fogo da aflição que lhes consuma a escória, para separar o imprestável do que é valioso, a fim de que o metal puro possa brilhar. Passa-nos de uma a outra fornalha, provando nosso verdadeiro valor. Se não podemos suportar essas provas, que faremos no tempo de angústia? Se a prosperidade ou a adversidade descobre falsidade, orgulho ou egoísmo em nosso coração, que faremos nós quando Deus provar a obra de todo homem como pelo fogo, e puser a descoberto os segredos de todos os corações? TS1 474 3 A graça genuína está disposta a ser provada; se relutamos em ser esquadrinhados pelo Senhor, nossa condição é na verdade séria. Deus é o refinador e purificador de almas; no calor da fornalha separa-se para sempre a escória da prata e do ouro verdadeiros do caráter cristão. Jesus observa a prova. Sabe o que é preciso para purificar o precioso metal a fim de que Lhe reflita a glória do divino amor. Jesus ia adiante TS1 475 1 Deus leva Seu povo para perto de Si mediante dolorosas experiências, mostrando-lhes suas próprias fraquezas e incapacidade, e ensinando-lhes a confiar nEle como seu único auxílio e salvaguarda. Então se cumpre Seu desígnio. São preparados para ser usados em qualquer emergência, para ocupar importantes posições de confiança, e realizar os grandes desígnios para que lhes foram dadas as suas faculdades. Deus aceita os homens depois de prová-los; prova-os à direita e à esquerda, e assim são educados, exercitados, disciplinados. Jesus, nosso Redentor, representante e cabeça do homem, suportou esse difícil processo. Sofreu mais do que podemos ser chamados a suportar. Levou sobre Si nossas enfermidades, e foi em tudo tentado como nós o somos. Não sofreu isto por Sua própria causa, mas por nossos pecados; e agora, confiantes nos méritos de nosso Vencedor, podemos tornar-nos vitoriosos em Seu nome. TS1 475 2 A divina obra de refinar e purificar precisa ir avante até que Seus servos estejam tão humilhados, tão mortos para o próprio eu que, ao serem chamados para serviço ativo, tenham em vista unicamente a glória de Deus. Então Ele lhes aceitará os esforços; eles não agirão imprudentemente, por impulso; não se precipitarão, pondo em risco a causa do Senhor, sendo escravos de tentações e paixões, seguindo a própria mente carnal incendiada por Satanás. Oh! quão terrível é ser a causa de Deus manchada pela vontade perversa do homem e seu temperamento não subjugado! Quanto sofrimento traz ele sobre si por seguir as obstinadas paixões que o dominam! Deus traz repetidamente o homem ao campo de batalha, aumentando a pressão até que a perfeita humildade e a transformação do caráter o ponham em harmonia com Cristo e o espírito do Céu, e tenha a vitória sobre si mesmo. TS1 475 3 Deus tem chamado homens de situações diversas e os tem experimentado e provado para ver que caráter desenvolveriam, se lhes poderia confiar a administração em _____, se poderiam ou não suprir as deficiências dos homens que ali estavam e vendo os erros já por eles cometidos, deixariam de seguir o exemplo dos que não se acham aptos para a santíssima obra de Deus. Ele tem acompanhado os homens de _____ com advertências, reprovações e conselhos contínuos. Tem derramado grande luz sobre os que oficiam em Sua causa ali, de maneira que o caminho lhes seja claro. Caso, porém, prefiram seguir sua própria sabedoria, desdenhando a luz, como fez Saul, extraviar-se-ão por certo, e envolverão a causa em perplexidade. Diante deles foram postas a luz e as trevas, mas demasiadas vezes têm preferido as trevas. A mensagem laodiceana TS1 476 1 A mensagem laodiceana aplica-se ao povo de Deus que professa crer na verdade presente. A maior parte, são professos mornos, tendo o nome mas faltando-lhes o zelo. Deus deu a conhecer que queria que os homens localizados no grande coração da obra corrigissem o estado de coisas ali existente, e se mantivessem como fiéis sentinelas em seu posto de dever. Deu-lhes luz acerca de todos os pontos, para instruir, animar e confirmar esses homens segundo o caso o exigisse. Apesar de tudo isso, porém, os que deviam ser fiéis e verdadeiros, fervorosos no zelo cristão, de temperamento benévolo, conhecendo e amando sinceramente a Jesus, encontram-se a ajudar o inimigo em enfraquecer e desanimar aqueles a quem Deus está usando para edificar a obra. Aplica-se a esta classe o termo "morno". Professam amar a verdade, todavia são deficientes no fervor e no devotamento cristãos. Não ousam desistir inteiramente e correr o risco dos incrédulos; não se acham, no entanto, dispostos a morrer para o próprio eu e seguir exatamente os princípios de sua fé. TS1 476 2 A única esperança para os laodiceanos é uma clara visão de sua condição diante de Deus, o conhecimento da natureza de sua enfermidade. Nem são frios nem quentes; ocupam uma posição neutra e, ao mesmo tempo, lisonjeiam-se de não necessitar de coisa alguma. A Testemunha Verdadeira aborrece essa mornidão. Causa-Lhe desgosto a indiferença dessa classe de pessoas. Diz Ele: "Oxalá foras frio ou quente!" Apocalipse 3:15. Como água morna, são nauseantes a Seu paladar. Nem são desinteressados nem egoistamente obstinados. Não se empenham inteiramente e de coração na obra de Deus, identificando-se com seus interesses; mas se mantêm afastados, e estão prontos a deixar seus postos quando os interesses mundanos, pessoais o exijam. Carecem da obra interior da graça no coração; acerca desses se diz: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apocalipse 3:17. O remédio divino TS1 477 1 A fé e o amor são as verdadeiras riquezas, o ouro puro que a Testemunha Verdadeira aconselha os mornos a comprar. Por mais ricos que sejamos em tesouros terrestres, toda a nossa riqueza não nos habilitará a comprar os preciosos remédios que curam a doença da alma chamada mornidão. A inteligência e as riquezas da Terra eram impotentes para remover os defeitos da igreja de Laodicéia, ou remediar-lhes a deplorável condição. Eram cegos, não obstante achavam que estavam bem. O Espírito de Deus não lhes iluminava a mente, e não percebiam sua pecaminosidade; não sentiam, portanto, necessidade de auxílio. TS1 477 2 Estar sem as graças do Espírito de Deus é realmente triste; mais terrível condição, porém, é estar assim destituído de espiritualidade e de Cristo, e ainda buscar justificar-nos dizendo aos que se sobressaltam por nós que não necessitamos de seus temores nem piedade. Temível é o poder da ilusão própria no espírito humano! Que cegueira! tomar a luz por trevas e as trevas por luz! A Testemunha Verdadeira aconselha-nos a comprar dEle ouro provado no fogo, vestidos brancos e colírio. TS1 477 3 O ouro aqui recomendado como tendo sido provado no fogo, é fé e amor. Ele enriquece o coração; pois foi limpo até tornar-se puro, e quanto mais é provado tanto mais intenso é seu brilho. Os vestidos brancos são a pureza de caráter, a justiça de Cristo comunicada ao pecador. É na verdade uma vestimenta de textura celeste, que só se pode comprar de Cristo por uma vida de voluntária obediência. O colírio é aquela sabedoria e graça que nos habilitam a distinguir entre o mal e o bem, e perceber o pecado sob qualquer disfarce. Deus deu a Sua igreja olhos aos quais requer dos crentes que unjam com sabedoria, para que vejam claramente; muitos, porém, se pudessem, tirariam os olhos da igreja; pois não quereriam que suas ações viessem à luz, para não serem reprovados. O colírio divino comunicará clareza ao entendimento. Cristo é o depositário de todas as graças. Ele diz: "Aconselho-te que de Mim compres." Alguns são sacudidos fora TS1 478 1 Talvez digam alguns que esperar favor de Deus por meio de nossas obras, é exaltar os próprios méritos. Certamente não podemos comprar uma vitória sequer com nossas boas obras; todavia nos é impossível ser vitoriosos sem elas. A compra que Cristo nos recomenda é simplesmente cumprir as condições que Ele nos propõe. A verdadeira graça, que é de inestimável valor e que resistirá à experiência da provação e da adversidade, só se obtém pela fé, e pela humilde obediência apoiada pela oração. As graças que resistem às provas da aflição e da perseguição, e demonstram sua pureza e sinceridade, são o ouro que é provado no fogo e achado genuíno. Cristo oferece vender este precioso tesouro ao homem: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo." Apocalipse 3:18. O morto, frio cumprimento do dever não nos faz cristãos. Cumpre-nos sair do estado de mornidão e experimentar conversão real, ou perderemos o Céu. TS1 478 2 Minha atenção foi encaminhada para a providência de Deus entre Seu povo, e foi-me mostrado que toda prova feita pelo processo de refinamento e purificação sobre os professos cristãos demonstra que alguns são escória. Nem sempre aparece o fino ouro. Em toda crise religiosa alguns caem sob a tentação. O peneiramento de Deus sacode fora multidões, como folhas secas. A prosperidade multiplica a massa dos que professam. A adversidade os leva para fora da Igreja. Como uma classe, não tem o espírito firme em Deus. Saem de nós, porque não são de nós; pois quando surge tribulação ou perseguição por causa da palavra, muitos se escandalizam. TS1 479 1 Olhem essas pessoas alguns meses atrás, quando elas consideravam o caso de outros que se achavam em condições idênticas àquela que eles hoje ocupam. Recordem cuidadosamente o que pensavam quanto aos tentados. Houvesse alguém lhes dito então que, apesar de seu zelo e trabalho para endireitar a outros, seriam afinal achados em semelhantes condições de trevas, e haveriam dito como disse Hazael ao profeta: "Pois quê? é teu servo um cão, para fazer esta tão grande coisa?" 2 Reis 8:13 (TT). TS1 479 2 Estão iludidos consigo mesmos. Na calma, que firmeza manifestam! Que corajosos navegantes são! Mas quando as furiosas tempestades da prova e tentação sobrevêm, ai! sua alma naufraga. Os homens podem ter excelentes dons, boas aptidões, qualidades esplêndidas; um defeito, porém, um pecado secreto nutrido, demonstrar-se-á para o caráter o que a prancha carcomida pelo verme é para o navio -- completo desastre e ruína! ... Necessidade de constante progresso TS1 479 3 Os homens que ocupam posições de responsabilidade devem melhorar continuamente. Não devem se ancorar numa antiga experiência e achar que não precisam tornar-se obreiros capazes. O homem, embora a mais indefesa criatura de Deus ao vir ao mundo, e de natureza mais perversa, é não obstante capaz de constante progresso. Pode ser esclarecido pela ciência, enobrecido pela virtude, e progredir em dignidade mental e moral até que chegue à perfeição da inteligência e a uma pureza de caráter apenas um pouco inferiores às dos anjos. Com a luz da verdade a brilhar na mente humana, e o amor de Deus derramado em seu coração, é inimaginável o que se podem tornar, e que grande obra podem fazer. TS1 480 1 Sei que o coração humano é cego a sua verdadeira condição; não posso deixar-vos, porém, sem fazer um esforço em vosso auxílio. Nós vos amamos, e queremos ver-vos apressando-vos para a vitória. Jesus vos ama. Morreu por vós; e quer que vos salveis. Não temos nenhuma disposição para segurar-vos em _____; queremos, no entanto que façais obra completa quanto a vossa própria alma, que endireiteis ali todo erro, e façais todo esforço para dominar o próprio eu, para que não percais o Céu. Isto não vos podeis permitir. Por amor de Cristo, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. TS1 480 2 A obra de podar e limpar a fim de preparar-nos para o Céu, é uma grande obra, e custar-nos-á muito sofrimento e provação, pois nossas vontades não se acham sujeitas à vontade de Cristo. Precisamos passar pela fornalha até que o fogo haja consumido a escória, e estejamos purificados, e reflitamos a imagem divina. Os que seguem as próprias inclinações e são regidos pelas aparências, não são bons juízes do que Deus está fazendo. Acham-se cheios de descontentamento. Vêem fracasso onde em verdade há triunfo, grande perda onde existe ganho; e, como Jacó, estão prontos a exclamar: "Todas estas coisas vieram sobre mim" (Gênesis 42:36), quando as próprias coisas de que se queixam estão todas operando juntamente para o seu bem. TS1 480 3 Não havendo cruz, não há coroa. Como pode alguém ser forte no Senhor, sem provações? Para termos forças, precisamos de exercício. Para possuir fé robusta, importa que sejamos colocados em circunstâncias em que nossa fé seja exercitada. Pouco antes de sua morte, o apóstolo Paulo exortou a Timóteo: "Participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus." 2 Timóteo 1:8. Através de muita tribulação é que havemos de entrar no reino de Deus. Nosso Salvador foi provado por todos os modos possíveis, e todavia triunfou continuamente em Deus. É nosso privilégio, na força do Senhor, ser fortes em todas as circunstâncias, e gloriar-nos na cruz de Cristo. -- Testimonies for the Church 3:67 (1872). ------------------------Capítulo 89 -- A eficácia do sangue de Cristo TS1 481 1 Ordenou-se outrora aos filhos de Israel que trouxessem uma oferta por toda a congregação, a fim de purificá-la da contaminação cerimonial. Esse sacrifício era uma bezerra ruiva, e representava o perfeito sacrifício que deveria remir da poluição do pecado. Era esse um sacrifício ocasional, para purificação de todos os que, por necessidade ou acidentalmente, haviam tocado em cadáver. Todos os que entravam em contato com a morte de qualquer maneira, eram considerados cerimonialmente impuros. Destinava-se isso a impressionar profundamente o espírito dos hebreus com o fato de que a morte veio em conseqüência do pecado, sendo, portanto, representação do pecado. Um novilho, uma arca, uma serpente ardente, apontam com insistência para uma grande oferta -- o sacrifício de Cristo. TS1 481 2 Essa bezerra devia ser ruiva, o que era símbolo de sangue. Tinha de ser sem mancha nem defeito, e nunca ter estado sob o jugo. Aqui, de novo, é representado Cristo. O Filho de Deus veio voluntariamente, para realizar a obra da expiação. Não havia sobre Ele jugo obrigatório; pois era independente e acima de toda a lei. Os anjos, como inteligentes mensageiros divinos, achavam-se sob o jugo da obrigação, nenhum sacrifício pessoal deles poderia expiar a culpa do homem caído. Cristo, unicamente, estava livre dos reclamos da lei, para empreender a redenção da raça pecadora. Tinha Ele poder para depor a vida e para retomá-la. "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus." Filipenses 2:6. TS1 481 3 No entanto, esse Ser glorioso amou o pobre pecador, e tomou sobre Si a forma de servo, para que pudesse sofrer e morrer em lugar do homem. Jesus poderia ter ficado à destra do Pai, usando a coroa e as vestes reais. Mas preferiu trocar as riquezas, honra e glória do Céu pela pobreza da humanidade, e Sua posição de alto comando pelos horrores do Getsêmani e a humilhação e agonia do Calvário. Tornou-Se um Varão de dores e experimentado nos trabalhos, a fim de que por Seu batismo no sofrimento e sangue pudesse purificar e redimir um mundo culpado. "Eis aqui venho", foi o prazenteiro assentimento, para "fazer a Tua vontade, ó Deus meu." Salmos 40:7, 8. TS1 482 1 A bezerra sacrifical era conduzida para fora do arraial, e morta da maneira mais impressionante. Assim Cristo sofreu fora das portas de Jerusalém, pois o Calvário achava-se fora dos muros da cidade. Isto se destinava a mostrar que Cristo não morreu pelos hebreus somente, mas por toda a humanidade. Ele proclama ao mundo caído que veio a fim de ser seu Redentor, e insta com os homens a que aceitem a salvação que lhes oferece. Morta a bezerra do modo mais solene, o sacerdote, trajando vestes puramente brancas, tomava nas mãos o sangue quando jorrava do corpo da vítima, e lançava-o em direção do templo sete vezes. "E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa." Hebreus 10:21, 22. TS1 482 2 O corpo da bezerra era queimado e reduzido a cinzas, o que significava um sacrifício amplo e completo. As cinzas eram então reunidas por pessoa não contaminada pelo contato com morto, e colocadas num vaso que continha água provinda de uma corrente. Essa pessoa limpa e pura tomava então uma vara de cedro com pano de escarlate e um ramo de hissopo, e aspergia o conteúdo do vaso sobre a tenda e o povo reunido. Esta cerimônia era repetida várias vezes, a fim de ser completa, e fazia-se como purificação do pecado. TS1 482 3 Assim Cristo, em Sua própria justiça imaculada, depois de derramar Seu sangue precioso, penetra no lugar santo para purificar o santuário. E ali a corrente escarlate é empregada no serviço de reconciliar Deus com o homem. Poderá haver quem considere esse sacrificar da bezerra como cerimônia destituída de significado; mas era celebrada por ordem de Deus, e tem profundo significado, que não perdeu sua aplicação ao tempo presente. TS1 483 1 O sacerdote usava cedro e hissopo, mergulhando-os na água purificadora e aspergindo o imundo. Isto simbolizava o sangue de Cristo derramado para nos purificar das impurezas morais. A aspersão repetida ilustra o caráter completo da obra que tinha de ser realizada em favor do pecador arrependido. Tudo que ele possui tem de ser consagrado. Não só deve sua própria alma ser lavada de modo a ficar limpa e pura, mas deve ele empenhar-se em que a família, os seus arranjos domésticos, sua propriedade e todos os seus pertences -- tudo seja consagrado a Deus. TS1 483 2 Depois que a tenda fora aspergida com hissopo, acima da porta dos purificados era escrito: Não sou meu; Senhor, sou Teu. Assim deve ser com os que professam ser purificados pelo sangue de Cristo. Deus não é menos estrito hoje do que era nos tempos antigos. O salmista, em sua oração, refere-se a essa cerimônia simbólica quando diz: "Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve." "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto." "Torna a dar-me a alegria da Tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário." Salmos 51:7, 10, 12. TS1 483 3 O sangue de Cristo é eficaz, mas precisa ser aplicado continuamente. Deus não só quer que Seus servos usem os meios que lhes confiou para Sua glória, mas deseja que se consagrem a si mesmos à Sua causa. Se vós, meus irmãos, vos tornastes egoístas e estais retendo do Senhor aquilo que deveríeis alegremente dar ao Seu serviço, necessitais então de que se vos aplique completamente o sangue da aspersão, consagrando-vos a Deus com todas as vossas posses. ------------------------Capítulo 90 -- Obediência voluntária TS1 484 1 Era Abraão homem idoso quando recebeu de Deus a impressionante ordem de oferecer seu filho Isaque como oferta queimada. Abraão, mesmo em sua geração era considerado velho. Desvanecera-se-lhe o ardor da juventude. Já não lhe era fácil suportar dificuldades e enfrentar perigos. No vigor da mocidade o homem enfrenta a tempestade com altiva consciência de força, e ergue-se acima de desencorajamentos que em sua vida posterior lhe fariam o coração desfalecer, quando os seus passos vacilam rumo da sepultura. TS1 484 2 Mas em Sua providência Deus reservou para Abraão sua última e mais aflitiva prova até o peso dos anos o oprimir e ele almejar por descanso da ansiedade e labuta. O Senhor lhe falou, dizendo: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas", "e oferece-o ali em holocausto." Gênesis 22:2. O coração do ancião paralisou-se de terror. A perda desse filho por doença teria sido um golpe duro àquele pai amoroso; ter-lhe-ia curvado a fronte embranquecida de tristeza. Mas agora eis que se lhe ordena derramar com as próprias mãos o precioso sangue daquele filho. Parecia-lhe terrível impossibilidade. TS1 484 3 Entretanto, Deus falara, e Sua palavra tinha de ser obedecida. Abraão era avançado em anos, mas isto não o escusou de cumprir o dever. Agarrou o bordão da fé, e em muda agonia tomou pela mão o filho, belo na rosada saúde da juventude, e saiu a obedecer à palavra de Deus. O grande e velho patriarca era humano; suas paixões e laços afetivos eram como os nossos, e ele amava o rapaz, que era o consolo de sua velhice, e a quem fora dada a promessa do Senhor. TS1 485 1 Mas Abraão não se deteve a duvidar de como as promessas de Deus poderiam cumprir-se, uma vez morto Isaque. Não parou a arrazoar com o sofrido coração, mas executou a ordem divina ao pé da letra, até que, exatamente quando o cutelo estava para ser mergulhado nas trêmulas carnes do filho, veio a ordem: "Não estendas a tua mão sobre o moço", "porquanto agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único." Gênesis 22:12. TS1 485 2 Esse grande ato de fé acha-se traçado nas páginas da história sagrada para brilhar no mundo como exemplo nobre, até ao fim do tempo. Abraão não argumentou que sua idade avançada o eximisse de obedecer a Deus. Não disse: "Tenho os cabelos brancos, foi-se-me o vigor da varonilidade; quem me consolará no final da minha vida, quando Isaque não mais existir? Como pode um pai idoso derramar o sangue de um filho único?" Não; Deus falara, e o homem devia obedecer sem questionar, nem murmurar, ou desfalecer pelo caminho. TS1 485 3 Carecemos da fé de Abraão em nossas igrejas hoje, a fim de iluminar as trevas que ao redor delas se acumulam, excluindo a suave luz do amor divino e atrofiando o crescimento espiritual. A idade jamais nos escusará de obedecermos a Deus. Deve nossa fé ser prolífera de boas obras; pois a fé sem obras é morta. Todo dever cumprido, todo sacrifício feito em nome de Jesus, traz uma recompensa excelente. No próprio ato de cumprir o dever, Deus fala e dá Sua bênção. Mas Ele requer de nós uma inteira consagração de nossas faculdades. O espírito e o coração, o ser todo, tem de ser dado a Ele, ou do contrário não atingiremos a norma de cristãos verdadeiros. TS1 485 4 Deus não reteve do homem coisa alguma que lhe pudesse assegurar as riquezas eternas. Revestiu de beleza a Terra, e adornou-a para uso e conforto do homem durante sua vida temporal. Deu Seu Filho a fim de que morresse para redenção de um mundo que caíra pelo pecado e loucura. Tão incomparável amor, sacrifício tão infinito, reclama nossa mais estrita obediência, nosso amor mais santificado, nossa ilimitada fé. Entretanto todas estas virtudes, exercidas até o limite máximo, jamais se poderão comparar com o grande sacrifício feito por nós. Obediência implícita TS1 486 1 Deus requer pronta e implícita obediência à Sua lei. Mas os homens estão adormecidos ou paralisados pelos enganos de Satanás, que sugere desculpas e subterfúgios, e lhes vence os escrúpulos, dizendo, como dissera a Eva no Jardim: "Certamente não morrereis." Gênesis 3:4. A desobediência não só endurece o coração e a consciência do culpado, mas tende também a corromper a fé dos outros. Aquilo que a princípio se lhes afigurava muito errado, gradualmente perde este aspecto por estar constantemente perante a pessoa, até que finalmente esta duvida de que seja de fato pecado, e cai inconscientemente no mesmo erro. TS1 486 2 Por meio de Samuel, Deus ordenou a Saul que ferisse os amalequitas, destruindo-lhes totalmente as posses. Mas Saul obedeceu apenas parcialmente à ordem; destruiu o gado inferior, mas reservou o melhor, e poupou o ímpio rei. No dia seguinte encontra-se com o profeta Samuel, e gabando a si mesmo, disse: "Bendito sejas tu do Senhor; executei a palavra do Senhor." Mas o profeta respondeu imediatamente: "Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?" 1 Samuel 15:13, 14. TS1 486 3 Saul ficou confuso, e procurou fugir à responsabilidade, respondendo: "De Amaleque [eles] as trouxeram; porque o povo perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor, teu Deus; o resto, porém, temos destruído totalmente." 1 Samuel 15:15. Samuel reprovou então o rei, lembrando-lhe a explícita ordem de Deus, mandando-lhe destruir tudo que pertencesse a Amaleque. Mostrou-lhe a transgressão e declarou que ele desobedecera ao Senhor. Mas Saul recusou-se a reconhecer que procedera mal; de novo desculpou seu pecado alegando que reservara o melhor do gado para sacrificar ao Senhor. TS1 487 1 Samuel ficou com o coração oprimido ante a persistência com que o rei se recusara a ver e confessar seu pecado. Disse tristemente: "Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, Ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." 1 Samuel 15:22, 23. O perigo da procrastinação TS1 487 2 Não devemos olhar ao dever e logo adiar o seu cumprimento. Esse adiamento dá tempo para as dúvidas; insinua-se a incredulidade, é pervertido o juízo e obscurecido o entendimento. Por fim as repreensões do Espírito de Deus não alcançam mais o coração da pessoa iludida, que se tornou tão cega que pensa não serem elas possivelmente planejadas para ele nem se aplicarem ao seu caso. TS1 487 3 Vai passando o precioso tempo da graça, e poucos reconhecem que este lhes é dado com o fim de que se preparem para a eternidade. As áureas horas são esbanjadas em atividades profanas, em prazeres, em absoluto pecado. É menosprezada e esquecida a lei de Deus; entretanto, não é menos obrigatório cada um de seus estatutos. Toda transgressão trará seu castigo. O amor do ganho mundano leva à profanação do sábado; entretanto, as reivindicações daquele santo dia não se acham atenuadas nem anuladas. O mandamento de Deus é claro e indiscutível nesse ponto; Ele nos proíbe absolutamente trabalhar no sétimo dia. Pô-lo à parte como dia consagrado a Ele. TS1 487 4 Muitos são os empecilhos que atravessam o caminho dos que querem andar na obediência aos mandamentos de Deus. Há influências fortes e sutis que os ligam aos caminhos do mundo; mas o poder do Senhor pode romper essas cadeias. Ele removerá de diante dos pés dos fiéis todos os obstáculos, ou lhes dará força e ânimo para vencer todas as dificuldades, se Lhe buscarem fervorosamente o auxílio. Todos os obstáculos desaparecerão ante o sincero desejo e persistente esforço para fazer a vontade de Deus, seja qual for o custo para o próprio eu, mesmo que a própria vida seja sacrificada. A luz do Céu iluminará as trevas dos que, em aflição e perplexidade, forem para a frente, olhando para Jesus como autor e consumador de sua fé. TS1 488 1 Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Nunca houve um tempo no qual Deus instruísse Seu povo mais intensamente do que os instrui agora a respeito de Sua vontade e da conduta que deseja que sigam. Mas aproveitarão eles os Seus ensinos? Receberão as Suas repreensões e acatarão as Suas advertências? Deus não aceitará obediência parcial; não aprovará nenhuma transigência com o próprio eu. ------------------------Capítulo 91 -- Crítica aos líderes TS1 489 1 A igreja sofre por falta de obreiros cristãos altruístas. Se todos os que são, em regra, incapazes de resistir à tentação, e são demasiado débeis para ficar sozinhos, se conservassem afastados de _____, haveria naquele lugar uma atmosfera espiritual muito mais pura. Os que vivem alimentando-se das cascas dos fracassos e deficiências alheios, e que juntam para si mesmos os vírus das negligências e faltas do próximo, tornando-se por assim dizer os varredores das sujeiras da igreja, não representam vantagem para a sociedade a que pertencem, mas sim verdadeiro peso morto às comunidades das quais escolhem participar. TS1 489 2 A igreja carece, não de pesos, mas de fervorosos obreiros; não de críticos, mas de construtores em Sião. São realmente necessitados missionários no grande centro da obra -- homens que defendam a fortaleza, que sejam fiéis como o aço para preservar a honra dos que Deus colocou à frente de Sua obra, e que farão o máximo possível para suster a causa em todos os seus departamentos, mesmo com sacrifício de seus próprios interesses e da vida, se necessário for. Mas foi-me mostrado que há poucos que têm a verdade entretecida em sua própria alma e podem subsistir ante a severa prova de Deus. Muitos há que se apegaram à verdade, mas a verdade não se apoderou deles, para lhes transformar o coração e purificá-los de todo o egoísmo. Há os que vêm a _____ para ajudar na obra, assim como há muitos membros antigos que têm terrível conta a prestar a Deus, por terem sido um empecilho ao trabalho, pelo seu amor-próprio e sua vida sem consagração. TS1 489 3 A religião não tem virtude salvadora se o caráter dos que a professam não corresponde com a profissão. Deus deu graciosamente grande luz ao Seu povo em _____; mas Satanás tem uma obra a realizar, e faz sentir seu poder em maior medida no grande centro da obra. Ele toma homens e mulheres egoístas e não consagrados e os torna sentinelas que vigiem os fiéis servos de Deus, pondo em dúvida as suas palavras, suas ações e motivos, e criticando e murmurando em vista de suas repreensões e advertências. Por meio deles cria ele suspeita e ciúmes, e procura enfraquecer o ânimo dos fiéis, agradar aos não santificados e neutralizar os labores dos servos de Deus. Frutos da crítica TS1 490 1 Satanás tem tido grande poder sobre o espírito dos pais, por meio de seus filhos indisciplinados. O pecado da negligência dos pais clama contra muitos pais observadores do sábado. O espírito da tagarelice e maledicência é um dos instrumentos especiais de Satanás, para semear a discórdia e a luta, para separar amigos e solapar a fé de muitos na veracidade de nossas crenças. Os irmãos e as irmãs estão demasiado prontos para falar das faltas e erros que julgam existir em outros, e especialmente nos que têm apresentado sem recuo as mensagens de repreensão e advertência que o Senhor lhes confiou. TS1 490 2 Os filhos desses queixosos escutam de ouvidos abertos e recebem o veneno da desafeição. Os pais fecham assim, cegamente, os meios pelos quais poderia ser alcançado o coração dos filhos. Quantas famílias não temperam suas refeições diárias com dúvidas e críticas! Dissecam o caráter de seus amigos, e o servem como delicada sobremesa. Um precioso bocado de maledicência é passado ao redor da mesa, para ser comentado, não só por adultos, mas também por crianças. Nisso Deus é desonrado. Disse Jesus: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40. Portanto, Cristo é menosprezado e profanado pelos que difamam Seus servos. TS1 490 3 Os nomes dos escolhidos servos de Deus têm sido usados com desrespeito, e em alguns casos com absoluto desdém, por certas pessoas cujo dever é apoiá-los. As crianças não têm deixado de ouvir as observações desrespeitosas dos pais com referência às solenes repreensões e advertências dos servos de Deus. Têm compreendido os escarnecedores gracejos e palavras depreciativas que de tempos a tempos lhes tem chegado aos ouvidos, e a tendência tem sido nivelar, em seu espírito, os interesses sagrados e eternos, com os negócios comuns do mundo. Que obra realizam esses pais, fazendo de seus filhos uns incrédulos, já na infância! Desta maneira é que as crianças são ensinadas a serem irreverentes e a se rebelarem contra as repreensões do pecado, enviadas pelo Céu. TS1 491 1 Onde existem semelhantes males, só pode prevalecer o declínio espiritual. Esses mesmos pais e mães, cegados pelo inimigo, admiram-se de que os filhos sejam tão inclinados à incredulidade, e a duvidarem da verdade da Bíblia. Admiram-se de que seja tão difícil alcançá-los por influências morais e religiosas. Tivessem eles visão espiritual, e descobririam desde logo que esse deplorável estado de coisas é resultado de sua própria influência doméstica, produto de seus ciúmes e desconfiança. Assim, muitos incrédulos são feitos nos círculos familiares de professos cristãos. TS1 491 2 Muitos há que encontram prazer especial em falar demoradamente nos defeitos, reais ou imaginários, dos que arcam sob pesadas responsabilidades em relação com as instituições da causa de Deus. Passam por alto o bem que tem sido realizado, os benéficos resultados do árduo labor e persistente dedicação à causa, e prendem a atenção em alguns aparentes erros, coisas que, depois de cometidas e ao seguirem-se as conseqüências, imaginam eles que poderiam ter sido executadas de modo melhor, com resultados mais lisonjeiros. No entanto a verdade é que, tivessem eles sido encarregados do trabalho, ou se haveriam recusado a agir em vista das circunstâncias desencorajadoras do caso, ou teriam agido mais indiscretamente do que os que efetuaram a obra, seguindo o caminho aberto pela providência de Deus. TS1 492 1 Mas esses irrequietos faladores apegam-se ferrenhamente aos aspectos mais desagradáveis da obra, tal como os líquens se agarram às asperezas da rocha. Essas pessoas atrofiam-se espiritualmente, por isso que se demoram continuamente sobre os fracassos e faltas dos outros. São moralmente incapazes de discernir as ações boas e nobres, os esforços altruístas, o verdadeiro heroísmo e sacrifício. Não se vão tornando mais nobres e exaltados em sua vida e esperanças, nem mais generosos e largos em suas idéias e planos. Não cultivam aquela caridade que deve caracterizar a vida do cristão. Degeneram dia a dia, tornando-se mais estreitos em seus preconceitos e opiniões. A pequenez é seu elemento, e a atmosfera que os rodeia é peçonhenta para a paz e a felicidade. TS1 492 2 Devem os cristãos ser cuidadosos em relação a suas palavras. Não devem nunca passar adiante informações desfavoráveis, de um de seus amigos a outro, especialmente se se aperceberem de haver falta de união entre eles. É cruel dar a entender e insinuar, como se soubéssemos em relação a esse amigo ou aquele conhecido, muita coisa ignorada pelos demais. Essas insinuações prosseguem e criam impressões mais desfavoráveis do que se os fatos fossem francamente relatados, de maneira livre de exagero. Que danos não tem sofrido a igreja de Cristo por causa dessas coisas! O procedimento incoerente, desavisado de seus membros tem-na tornado débil como a água. Tem sido traída a confiança por membros da mesma igreja, e no entanto o culpado não pretendia fazer mal. A falta de prudência na escolha de assuntos de conversa tem feito muito dano. TS1 492 3 Deve a conversa ser sobre coisas espirituais e divinas; mas tem sido diferente. Se a associação com amigos cristãos é dedicada especialmente de modo a aproveitar ao espírito e ao coração, não haverá remorsos, depois, e poderão recordar a conversa com prazer e satisfação. Mas se as horas são despendidas em leviandades e em falar ocioso, empregando-se o precioso tempo em dissecar a vida e o caráter de outros, a associação amistosa se demonstrará fonte de males, e vossa influência será cheiro de morte para morte. -- Testimonies for the Church 2:186, 187 (1868). TS1 493 1 Não devemos permitir que nossas perplexidades e desapontamentos nos corroam a alma, tornando-nos impertinentes e impacientes. Não haja discórdia, nem suspeitas ou maledicência, para não ofendermos a Deus. Meu irmão, se abrires teu coração à inveja e a vis suspeitas, o Espírito Santo não poderá habitar contigo. Busca a plenitude que há em Cristo. Trabalha de modo por Ele indicado. Que cada pensamento, palavra e ato O revele. Precisas de um diário batismo do amor que nos dias dos apóstolos os tornava todos de um mesmo comum acordo. Esse amor trará saúde ao corpo, espírito e alma. Circunda tua alma com uma atmosfera que fortaleça a vida espiritual. Cultiva a fé, a esperança, o ânimo e o amor. Reine a paz de Deus no teu coração. -- Testimonies for the Church 8:191 (1904). TS1 493 2 O Senhor vive e reina. Logo Ele Se erguerá em majestade, para abalar terrivelmente a Terra. Uma mensagem especial deve agora ser proclamada -- mensagem que penetrará as trevas espirituais e convencerá e converterá almas. "Escapa-te por tua vida", é o apelo a ser feito aos que se demoram no pecado. Devemos agora tomar muitíssimo a sério o caso. Não temos um momento a passar em críticas e acusações. Que os que isso têm feito no passado, se prostrem de joelhos em oração, e que reparem como estão pondo suas palavras e planos em lugar das palavras e planos de Deus. -- Testimonies for the Church 8:36 (1904). ------------------------Capítulo 92 -- Santidade dos mandamentos de Deus TS1 494 1 Muito respeitado irmão K.: Em Janeiro de 1875 foi-me mostrado haver um empecilho no caminho da prosperidade espiritual da igreja. O Espírito de Deus está agravado porque muitos não têm a vida e o coração retos; sua professa fé não se harmoniza com suas obras. O sagrado dia de repouso de Jeová não é observado como deveria ser. Cada semana Deus é roubado por alguma transgressão das fronteiras de Seu santo tempo; e as horas que deveriam ser dedicadas à oração e meditação, dedicam-se a atividades mundanas. TS1 494 2 Deus nos deu Seus mandamentos, não só para neles crermos, mas também para lhes obedecermos. O grande Jeová, depois de haver posto os fundamentos da Terra, de revestir todo o mundo com trajes de beleza, enchê-lo de coisas úteis ao homem -- havendo criado todas as maravilhas de Terra e mar -- instituiu então o dia do sábado e santificou-o. Deus abençoou e santificou o sétimo dia, porque nele repousou de toda a Sua maravilhosa obra da criação. O sábado foi feito para o homem, e Deus deseja que ele nesse dia deixe o trabalho, como Ele próprio descansou, após os seis dias de trabalho da criação. TS1 494 3 Os que reverenciam os mandamentos de Jeová hão de, depois que tenham recebido luz com referência ao quarto preceito do Decálogo, obedecer-lhes sem questionar a viabilidade ou conveniência de semelhante obediência. Deus fez o homem à Sua própria imagem, e deu-lhe a seguir um exemplo da observância do sétimo dia, que Ele santificou e tornou santo. Era Seu desígnio que nesse dia o homem O adorasse, não se empenhando em ocupações seculares. Ninguém que desrespeite o quarto mandamento, depois de haver compreendido as reivindicações do sábado, pode ser tido como inocente à vista de Deus. TS1 495 1 Irmão K., o irmão reconhece as reivindicações de Deus quanto à observância do sábado, mas suas obras não se harmonizam com sua profissão de fé. O irmão põe sua influência do lado dos descrentes, visto como transgride a lei de Deus. Quando julga que suas circunstâncias temporais requerem atenção, o irmão transgride sem preocupação o quarto mandamento. O irmão torna a guarda da lei de Deus uma questão de conveniência, obedecendo ou desobedecendo, segundo o indicam suas ocupações ou inclinações. Isto não é honrar o sábado como uma instituição sagrada. O irmão ofende o Espírito de Deus e desonra seu Redentor, seguindo esse procedimento descuidado. Não é aceitável a obediência parcial TS1 495 2 Não é aceitável ao Senhor uma parcial observância da lei do sábado, e isso tem sobre o espírito dos pecadores pior efeito do que se o irmão não fizesse profissão de ser observador do sábado. Eles percebem que sua vida contradiz sua crença, e perdem a fé no cristianismo. O Senhor toma a sério o que diz, e não é impunemente que o homem põe de parte Seus mandamentos. O exemplo de Adão e Eva no jardim deveria servir-nos de advertência bastante contra qualquer desobediência da lei divina. O pecado de nossos primeiros pais, dando ouvido às enganosas tentações do inimigo, trouxe sobre o mundo culpa e tristeza, levando o Filho de Deus a deixar as cortes celestiais e tomar um lugar humilde na Terra. Foi sujeito a insultos, à rejeição e crucifixão por aqueles mesmos a quem viera abençoar. Que custo infinito foi resultado da desobediência no jardim do Éden! A Majestade do Céu foi sacrificada para salvar o homem da penalidade de seu crime. TS1 495 3 Deus não passará por alto qualquer transgressão de Sua lei, tanto hoje como no dia em que pronunciou juízo contra Adão. O Salvador do mundo ergue a voz em protesto contra os que consideram os mandamentos divinos leviana e descuidadamente. Disse Ele: "Qualquer pois que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos Céus." Mateus 5:19. O ensinamento que nossa vida revela é inteiramente em favor da verdade ou contra ela. Se vossas obras parecem justificar o transgressor em seu pecado, se vossa influência dá a impressão de considerardes levianamente a transgressão dos mandamentos de Deus, então não só sois culpados vós mesmos, mais sois também, em certa extensão, responsáveis pelos conseqüentes erros de outros. TS1 496 1 Mesmo no princípio do quarto preceito, disse Deus: "Lembra-te" sabendo que o homem, na multidão de seus cuidados e perplexidades, seria tentado a escusar-se de satisfazer a todas as reivindicações da lei, ou, na pressão dos negócios seculares, se esqueceria de sua sagrada importância. "Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra" (Êxodo 20:9), as comuns ocupações da vida, para o ganho secular ou o prazer. Estas palavras são muito explícitas; não pode haver erro. TS1 496 2 Irmão K., como ousa transgredir mandamento tão solene e importante? Porventura o Senhor fez uma exceção pela qual o irmão seja absolvido da lei que Ele deu ao mundo? Serão suas transgressões omitidas do livro de registro? Concordou Ele em escusar sua desobediência quando as nações se apresentarem ante Ele para serem julgadas? Não se engane por um momento que seja, com o pensamento de que seu pecado não lhe trará o castigo merecido. Suas transgressões serão castigadas com vara, porque o irmão tinha a luz, e no entanto tem andado em sentido exatamente contrário. "O servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites." Lucas 12:47. TS1 496 3 Deus deu ao homem seis dias para fazer a sua obra, e levar avante os negócios comuns da vida; mas Ele reclama um dia, que Ele pôs de parte e santificou. Ele o dá ao homem como um dia em que possa repousar do trabalho e dedicar-se à adoração e ao desenvolvimento de sua condição espiritual. Que flagrante afronta é roubar o homem o único dia santificado de Jeová, e dele se apropriar para seus próprios fins egoístas! TS1 497 1 É a mais grosseira presunção aventurar-se o homem mortal a negociar com o Todo-poderoso, a fim de assegurar seus insignificantes interesses seculares. É tão cruel violação da lei servir-se ocasionalmente do sábado para negócios seculares, como seria rejeitá-lo completamente; pois isso é fazer dos mandamentos do Senhor uma questão de conveniência. "Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso" (Êxodo 20:5), vem-nos, forte, a voz do Sinai! Obediência parcial e interesse dividido não são aceitos por Aquele que declara que as iniqüidades dos pais serão visitadas nos filhos até à terceira e quarta geração dos que O aborrecem, e que Ele mostrará misericórdia em milhares, aos que O amam e guardam os Seus mandamentos. Não é coisa de pouca importância roubar um vizinho, e grande é o estigma sofrido por aquele que é encontrado culpado de semelhante ato; entretanto, o que não se rebaixaria a defraudar seu semelhante, não tem vergonha de roubar a seu Pai celestial o tempo que Ele abençoou e pôs de parte para um fim especial. TS1 497 2 Meu caro irmão, suas obras estão em desacordo com a fé que professa, e sua única desculpa é a pobre alegação de isso lhe ser conveniente. Os servos de Deus, antigamente, foram convidados a depor a vida em defesa de sua fé. O seu procedimento bem pouco se harmoniza com o dos mártires cristãos, que sofriam fome e sede, tortura, e morte, de preferência a renunciar a sua religião, ou ceder os princípios da verdade. Fé e obediência TS1 497 3 Está escrito: "Que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?" Tiago 2:14. Toda vez que o irmão se põe a trabalhar no dia de sábado, nega virtualmente sua fé. Ensinam-nos as Sagradas Escrituras que a fé sem obras é morta, e que o testemunho de nossa vida proclama ao mundo se somos ou não fiéis à fé que professamos. A conduta do irmão diminui a lei de Deus no conceito de seus amigos seculares. Ela lhes diz: "Os senhores podem obedecer ou deixar de obedecer aos mandamentos. Eu creio que a lei de Deus é, de algum modo, obrigatória para o homem; mas, afinal, o Senhor não é muito estrito quanto à estrita observância dos preceitos da mesma, e uma transgressão ocasional não é castigada com severidade de Sua parte." TS1 498 1 Muitos se desculpam de violarem o sábado, referindo-se ao seu exemplo. Argúem que, se um homem tão bom, que crê ser o sétimo dia o sábado, pode nesse dia empenhar-se em empreendimentos seculares quando as circunstâncias assim o parecem exigir, certamente eles poderão fazer o mesmo, sem condenação. O irmão se defrontará com muitas almas no juízo, as quais farão sua influência uma desculpa para sua desobediência à lei de Deus. Embora isto não sirva de desculpa para o pecado deles, será um terrível depoimento contra o irmão. TS1 498 2 Deus falou, e Ele espera que o homem obedeça. Não indaga Ele se lhe é conveniente proceder assim. O Senhor da vida e da glória não consultou Sua conveniência ou prazer quando deixou Sua altíssima posição para Se tornar um Varão de dores e experimentado em trabalhos, aceitando a ignomínia e morte para livrar o homem do resultado da desobediência. Jesus morreu, não para salvar o homem em seus pecados, mas de seus pecados. Deve o homem abandonar o erro de seus caminhos, para seguir o exemplo de Cristo, tomando a Sua cruz e seguindo-O, negando-se a si mesmo e obedecendo a Deus custe o que custar. TS1 498 3 Disse Jesus: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:24. Se somos verdadeiros servos de Deus, não deve haver em nossa mente nenhuma dúvida quanto a devermos obedecer aos Seus mandamentos, ou consultar nossos próprios interesses temporais. Se os crentes na verdade não forem sustidos por sua fé nestes dias relativamente pacíficos, que os preservará quando vier a grande prova, e sair o decreto contra todos os que não adorarem a imagem da besta nem receberem na testa ou nas mãos o sinal? Não está longe esse tempo solene. Em vez de se tornar fraco e irresoluto, o povo de Deus deve estar reunindo forças e ânimo para o tempo de angústia. TS1 499 1 Jesus, nosso grande Exemplo, em Sua vida e morte ensinou a mais estrita obediência. Ele morreu, o justo pelos injustos, o inocente pelos culpados, para que se preservasse a honra da lei de Deus, e ao mesmo tempo não tivesse o homem de perecer completamente. O pecado é a transgressão da lei. Se o pecado de Adão trouxe tão inexprimível miséria, exigindo o sacrifício do amado Filho de Deus, qual não será a punição dos que vendo a luz da verdade, anulam o quarto mandamento do Senhor? As circunstâncias não são desculpa TS1 499 2 As circunstâncias não justificam a quem quer que seja, para trabalhar no sábado por amor de ganho secular. Se Deus escusasse um homem, poderia escusar a todos. Por que não deveria o irmão L., que é pobre, trabalhar no sábado para ganhar o pão de cada dia, quando ele poderia, assim fazendo, estar em melhores condições de manter a família? Por que não deveriam outros irmãos, ou todos nós, guardar o sábado só quando fosse conveniente fazê-lo? Responde a voz do Sinai: "Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus." Êxodo 20:9, 10. TS1 499 3 Os erros cometidos por crentes na verdade, trazem sobre a igreja grande fraqueza. São pedras de tropeço no caminho dos pecadores, e impedem-nos de virem para a luz. Irmão, Deus o chama para se colocar inteiramente ao Seu lado, e deixar suas obras revelarem que o irmão respeita Seus preceitos e mantém inviolado o sábado. Ele lhe ordena que desperte e reconheça o seu dever e seja leal às responsabilidades que lhe cabem. Estas solenes palavras lhe são dirigidas: "Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isaías 58:13, 14. TS1 500 1 Como muitos de nossos irmãos, o irmão se está emaranhando com os transgressores da lei de Deus, adotando seus pontos de vista e caindo nos seus erros. Deus visitará com os Seus juízos os que professam servi-Lo, e no entanto na realidade servem a Mamom. Os que por amor de suas vantagens pessoais desrespeitam a expressa ordem do Senhor, acumulam sobre si a desgraça futura. A igreja de _____ deve verificar cuidadosamente se, como os judeus, não fizeram do templo de Deus lugar de venda. Disse Cristo: "Está escrito: A Minha casa será chamada casa de oração -- mas vós a tendes convertido em covil de ladrões." Mateus 21:13. TS1 500 2 Não estão muitos de nosso povo caindo no pecado de sacrificar sua religião por amor do ganho mundano; mantendo uma forma de piedade, enquanto se dedicam inteiramente a ocupações temporais? À lei de Deus tem de ser conferido o primeiro lugar de todos, devendo ser obedecida no espírito e na letra. Se a Palavra de Deus, pronunciada com majestosa solenidade do monte santo, é considerada levianamente, como serão acolhidos os Testemunhos de Seu Espírito? Mentes tão entenebrecidas que não reconheçam a autoridade dos mandamentos do Senhor, dados diretamente ao homem, pouco benefício poderão receber de um instrumento débil, por Ele escolhido para instruir Seu povo. A idade não é desculpa TS1 500 3 Sua idade não o escusa de obedecer aos mandamentos divinos. Abraão foi duramente provado em sua velhice. As palavras do Senhor se afiguravam terríveis e indesejadas àquele ancião combalido; todavia ele nunca pôs em dúvida sua justiça nem hesitou na obediência. Poderia ter alegado que era velho e débil, não podendo sacrificar o filho que era a alegria de sua vida. Poderia ter lembrado ao Senhor que aquela ordem estava em desarmonia com as promessas que lhe haviam sido dadas a respeito de seu filho. Mas a obediência de Abraão, prestava-a ele sem murmurar nem acusar. Era implícita sua confiança em Deus. TS1 501 1 A fé manifesta por Abraão deve ser nosso exemplo; entretanto, quão poucos suportam pacientemente uma simples prova de repreensão pelos pecados que lhes ameaçam o bem-estar eterno! Quão poucos acolhem com humildade a repreensão, e a aproveitam. A reivindicação de Deus em relação a nossa fé, nossos serviços, nossas afeições, deve encontrar resposta animosa de nossa parte. Somos infinitos devedores ao Senhor, e devemos sem hesitar satisfazer mesmo à menor das Suas reivindicações. Para ser um violador dos mandamentos, não é necessário que pisemos a pés todo o código moral. Se desrespeitamos um só preceito, somos transgressores da lei sagrada. Mas se queremos ser verdadeiros observadores dos mandamentos, devemos observar estritamente cada preceito que Deus nos ordenou guardar. O constante cuidado de Deus TS1 501 2 Deus permitiu que Seu próprio Filho fosse morto para cumprir a penalidade da transgressão da lei; como tratará Ele então com os que, em face de todas as evidências, ousam aventurar-se na vereda da desobediência, depois de terem recebido a luz da verdade? O homem não tem o direito de alegar sua conveniência ou necessidade nesta questão. Deus proverá; Ele, que alimentou Elias junto ao ribeiro, tornando um corvo Seu mensageiro, não deixará que a Seus fiéis falte o alimento. TS1 501 3 O Salvador perguntou aos discípulos, premidos pela pobreza, por que andavam ansiosos e perturbados com respeito ao que deviam comer e com que se deviam vestir. Disse Ele: "Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?" Mateus 6:26. Apontou Ele para as lindas flores, formadas e coloridas por mão divina, dizendo: "E, quanto ao vestido, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam; e Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?" Mateus 6:28-30. TS1 502 1 Onde está a fé do povo de Deus? Por que são tão descrentes e desconfiantes dAquele que lhes provê as necessidades, e os sustém por Sua força? O Senhor provará a fé do Seu povo; enviará repreensões, que serão seguidas de aflições se essas advertências não forem acatadas. Interromperá a fatal letargia do pecado, a qualquer custa para os que se desviarem de sua fidelidade a Ele, e despertá-los-á de modo a reaverem o senso do dever. TS1 502 2 Meu irmão, sua alma tem de ser despertada e sua fé ampliada. Por tanto tempo o irmão se desculpou em sua desobediência alegando isto ou aquilo, que sua consciência, assim minada, adormeceu, deixando de lembrar-lhe os seus erros. Por tanto tempo seguiu suas próprias conveniências a respeito da observância do sábado, que sua mente se tornou inapta para receber impressões quanto ao seu procedimento de desobediência; entretanto, nem por isso é menos responsável, pois o irmão mesmo se pôs nessas condições. Comece desde já a obedecer aos mandamentos divinos e confie em Deus. Não Lhe provoque a ira, para que não o visite com terrível castigo. Volte a Ele antes que seja tarde, e busque o perdão de suas transgressões. Ele é rico e abundante em misericórdias; Ele lhe dará Sua paz e aprovação, se chegar a Ele em humilde fé. ------------------------Capítulo 93 -- Preparo para a vinda de Cristo TS1 503 1 Na última visão que me foi dada em Battle Creek, por ocasião de nossa reunião campal geral, foi-me mostrado nosso perigo como um povo, de nos assemelharmos ao mundo, e não à imagem de Cristo. Achamo-nos agora nas próprias fronteiras do mundo eterno; mas é desígnio do adversário de nossas almas levar-nos a adiar para longe o fim do tempo. Satanás assaltará de todas as maneiras possíveis os que professam ser observadores dos mandamentos de Deus, e estar aguardando a segunda vinda de nosso Salvador nas nuvens do céu, com poder e grande glória. Ele levará o maior número possível a adiarem o dia mau e tornarem-se, no procedimento, semelhantes ao mundo, imitando-lhe os costumes. Senti-me alarmada quando vi que o espírito do mundo controlava o coração e a mente de muitos que fazem alta profissão da verdade. Abrigam o egoísmo e a condescendência consigo mesmos; mas não cultivam a verdadeira piedade e a genuína integridade. TS1 503 2 O anjo do Senhor apontou aos que professam a verdade e repetiu com voz solene estas palavras: "E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra. Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." Lucas 21:34-36. TS1 503 3 Considerando a brevidade do tempo, nós como povo devemos vigiar e orar, e em caso algum permitir que sejamos desviados da solene obra de preparo para o grande acontecimento à nossa frente. Como o tempo aparentemente se estende, muitos se tornam descuidados e indiferentes em relação a suas palavras e ações. Não reconhecem o perigo em que se acham, e não vêem nem compreendem a misericórdia de nosso Deus em lhes ampliar o tempo de graça, a fim de que tenham oportunidade para formar o caráter para a vida futura, imortal. Cada momento é do mais alto valor. O tempo lhes é concedido, não para ser empregado em seguir sua própria comodidade e tornarem-se habitantes da Terra, mas para ser empregado na obra de vencer cada defeito de seu caráter e em ajudar os outros, pelo exemplo e pelo esforço pessoal, a verem a beleza da santidade. Deus tem sobre a Terra um povo que, com fé e santa esperança, está acompanhando o rolo da profecia a cumprir-se rapidamente, e buscando purificar a alma na obediência à verdade, a fim de que não sejam encontrados sem as vestes nupciais quando Cristo aparecer. A influência do marcar tempo TS1 504 1 Muitos que se têm chamado adventistas, têm marcado tempo. Repetidamente marcaram uma data para a vinda de Cristo; e repetidos fracassos têm sido o resultado. O tempo exato da vinda de nosso Senhor, diz a Bíblia, acha-se além do conhecimento dos mortais. Mesmo os anjos que ministram aos que hão de ser herdeiros da salvação, não sabem o dia nem a hora. "Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai." Mateus 24:36. Como passou repetidamente a data marcada, o mundo está hoje em mais profundo estado de incredulidade do que antes, com respeito ao próximo advento de Cristo. Consideram com aborrecimento os fracassos dos que marcaram tempo; e por isso que os homens têm sido assim enganados, dão costas à verdade comprovada pela Palavra de Deus, de estar às portas o fim de todas as coisas. TS1 504 2 Os que tão presunçosamente pregam um tempo definido, assim fazendo agradam ao adversário das almas; pois promovem a incredulidade, e não o cristianismo. Citam passagens da Escritura, e mediante falsa interpretação mostram uma cadeia de argumentos que aparentemente lhes apóiam a posição. Mas seus fracassos mostram que são falsos profetas, que não interpretam devidamente a linguagem da inspiração. A Palavra de Deus é verdade e certeza; mas os homens lhe têm pervertido seu significado. Esses erros têm trazido má fama à verdade de Deus para estes últimos dias. Os adventistas são expostos a ridículo por pastores de todas as denominações; no entanto, os servos de Deus não se devem calar. Os sinais preditos na profecia estão-se cumprindo rapidamente em volta de nós. Isto deve despertar todo verdadeiro seguidor de Cristo, levando-o a zelosa ação. TS1 505 1 Os que julgam que devem pregar um tempo definido a fim de fazer impressão sobre o povo, não agem segundo o devido ponto de vista. Podem os sentimentos do povo ser agitados, e despertados os seus temores; mas não agem segundo princípios. Cria-se uma agitação; mas passado o tempo, como tantas vezes tem acontecido, os que se deixaram levar pela teoria do tempo voltam a cair na frieza, nas trevas e no pecado, e é quase impossível despertar-lhes a consciência sem alguma grande agitação. Nos dias de Noé os habitantes do velho mundo riam-se, escarnecendo daquilo a que chamavam os supersticiosos temores e pressentimentos do pregador da justiça. Foi ele denunciado como visionário, fanático, alarmista. "Como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem." Lucas 17:26. Os homens rejeitarão a solene mensagem de advertência para os nossos dias, como fizeram no tempo de Noé. Referir-se-ão aos falsos mestres que predisseram o acontecimento e estabeleceram um tempo definido, e dirão que não têm mais fé em nossa advertência do que na daqueles. Esta é a atitude do mundo hoje. A incredulidade acha-se muito propagada, e a pregação da vinda de Cristo é escarnecida e exposta a ridículo. Isto torna tanto mais necessário que os que crêem na verdade presente mostrem, pelas obras, a sua fé. Devem ser santificados pela verdade que professam crer; pois são um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. TS1 506 1 Noé pregou ao povo de seu tempo que Deus lhes daria cento e vinte anos para se arrependerem de seus pecados e se refugiarem na arca; mas não atenderam ao gracioso convite. Foi-lhes dado abundante tempo para se volverem de seus pecados, vencerem seus maus hábitos e desenvolverem caráter justo. Mas a inclinação para o pecado, embora a princípio fraca em muitos, fortaleceu-se pela condescendência repetida, precipitando-os na ruína inevitável. A misericordiosa advertência de Deus foi rejeitada com desdém, escárnio e zombaria; e foram deixados em trevas, para seguirem o rumo que seu pecaminoso coração escolhera. Mas sua incredulidade não impediu o acontecimento predito. Ele veio, e grande foi a ira de Deus revelada na ruína geral. TS1 506 2 Essas palavras de Cristo deveriam calar no coração de todos os que crêem na verdade presente: "E olhai por vós, não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, embriaguez, e dos cuidados desta vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." Lucas 21:34. Nosso perigo é-nos apresentado pelo próprio Cristo. Ele sabia os perigos que haveríamos de deparar nestes últimos dias, e queria que nos preparássemos para eles. "Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:38, 39. Comiam e bebiam, plantavam e construíam, casavam-se e davam-se em casamento, e não o conheceram, até que veio o dilúvio e levou-os a todos. TS1 506 3 O dia do Senhor encontrará os homens, da mesma forma, absorvidos nos negócios e prazeres do mundo, em banquetes e glutonaria, condescendendo com o apetite pervertido no degradante uso de bebidas alcoólicas e no narcótico fumo. Esta é já a condição do nosso mundo, e essa condescendência encontra-se mesmo entre o professo povo de Deus, alguns dos quais seguem os costumes do mundo e participam de seus pecados. Advogados, artífices, lavradores, comerciantes e mesmo pastores, do púlpito clamam: "Paz e segurança!", quando a destruição está na iminência de desabar sobre eles. Crença e diligência TS1 507 1 A crença na próxima vinda do Filho do homem nas nuvens do céu não levará o verdadeiro cristão a tornar-se negligente e descuidado nas atividades comuns da vida. Os expectantes, que aguardam o breve aparecimento de Cristo, não ficarão ociosos, mas serão diligentes nas atividades. Seu trabalho, não o farão descuidada e desonestamente, mas com fidelidade, prontidão e perfeição. Os que se lisonjeiam com o pensamento de que a descuidada desatenção às coisas desta vida seja evidência de sua espiritualidade e sua separação do mundo, acham-se sob grande engano. Sua veracidade, fidelidade e integridade são provadas nas coisas temporais. Se forem fiéis no mínimo, sê-lo-ão no muito. TS1 507 2 Foi-me mostrado que aqui é onde muitos deixarão de suportar a prova. Desenvolvem seu verdadeiro caráter na administração das coisas temporais. Manifestam infidelidade, projetos dolosos e desonestidade no trato com os semelhantes. Não consideram que o alcançar a imortal vida futura depende de como procedem nos negócios desta vida e que para a formação de um caráter justo é indispensável a mais estrita integridade. Por toda parte, em nossas fileiras, é praticada a desonestidade, e essa é a causa da mornidão por parte de muitos que professam crer na verdade. Não se acham ligados a Cristo, e iludem sua própria alma. Entristece-me o coração, fazer a declaração de que existe uma alarmante falta de honestidade mesmo entre observadores do sábado. Conhecidos por seus frutos TS1 507 3 Foi-me chamada a atenção para o sermão da montanha. Aí temos a ordem do Grande Mestre: "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas." Mateus 7:12. TS1 508 1 Essa ordem de Cristo é da mais alta importância, e deve ser obedecida estritamente. É como maçãs de ouro em salvas de prata. Quantos praticam na vida o princípio aí ordenado por Cristo, e tratam os outros exatamente como desejariam ser tratados, sob circunstâncias semelhantes? Homem honesto, à maneira de Cristo julgar, é o que manifesta inflexível integridade. Pesos enganosos e balanças falsas, com os quais muitos buscam aumentar seus ganhos no mundo, são abominação à vista de Deus. Não obstante, muitos dos que professam guardar os mandamentos de Deus fazem uso de balanças e pesos falsos. Quando um homem se acha realmente ligado a Deus, e observando Sua lei em verdade, sua vida revelará este fato; pois todas as suas ações se encontrarão em harmonia com os ensinos de Cristo. Não venderá sua honra por lucro. Seus princípios são edificados sobre o firme fundamento, e sua conduta em assuntos temporais é um transcrito de seus princípios. A firme integridade brilha como o ouro entre o cascalho do mundo. Engano, falsidade e infidelidade podem ser dissimulados e ocultos dos olhos humanos, mas não dos olhos de Deus. Os anjos de Deus, que observam o desenvolvimento do caráter e pesam o valor moral, registram nos livros do Céu essas pequeninas transações reveladoras do caráter. Se um trabalhador for infiel nas ocupações diárias da vida, e negligenciar sua obra, o mundo não julgará incorretamente se avaliar a norma religiosa desse trabalhador segundo a que mantém nos negócios. TS1 508 2 "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito." Lucas 16:10. Não é a magnitude da coisa que a torna justa ou injusta. Como o homem se conduz para com o semelhante, assim se conduzirá com Deus. Aquele que é infiel na riqueza da injustiça, nunca merecerá confiança com a verdadeira riqueza. Os filhos de Deus nunca devem deixar de se lembrar que, em todas as suas transações comerciais, estão sendo provados e pesados nas balanças do santuário. TS1 509 1 Disse Cristo: "Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons." "Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:18, 20. Os atos da vida do homem são os frutos que produz. Se for infiel e desonesto em questões temporais, está produzindo cardos e espinhos; será infiel na vida religiosa e roubará a Deus em dízimos e ofertas. TS1 509 2 A Bíblia condena nos mais fortes termos toda falsidade, fraude e desonestidade. O justo e o errado são discriminados claramente. Mas foi-me mostrado que o povo de Deus se colocou em terreno do inimigo; cederam a suas tentações e seguiram-lhe os artifícios, até se tornarem perigosamente embotadas as suas sensibilidades. Um leve desvio da verdade, uma pequenina variação das reivindicações de Deus, não é, afinal, considerado muito pecaminoso, quando se acham envolvidos ganho ou perda de dinheiro. Mas pecado é pecado, seja cometido pelo milionário ou pelo que pede esmolas nas ruas. Os que adquirem bens mediante engano, trazem sobre si a condenação. Tudo quanto for adquirido por meio de engano e fraude só trará a maldição a quem o receber. TS1 509 3 Adão e Eva sofreram as terríveis conseqüências de desobedecerem ao expresso mandamento de Deus. Poderiam ter arrazoado: Este é um pecado muito pequenino, e jamais será tomado em conta. Mas Deus tratou o caso como um terrível mal; e a desgraça trazida por sua transgressão será sentida através de todos os tempos. Nos dias em que vivemos, pecados de muito maior importância são muitas vezes cometidos pelos que professam ser filhos de Deus. Nas transações comerciais, são pelo professo povo de Deus pronunciadas e praticadas falsidades que trazem sobre eles a desaprovação de Deus, e opróbrio sobre Sua causa. O menor desvio da veracidade e retidão, constitui transgressão da lei de Deus. TS1 509 4 A contínua condescendência com o pecado acostuma a pessoa ao hábito de proceder mal, mas não diminui o grave caráter do pecado. Deus estabeleceu princípios imutáveis, que ele não pode mudar sem uma revisão de toda a Sua natureza. Se a Palavra de Deus fosse estudada fielmente por todos os que professam crer na verdade, não seriam pigmeus nas coisas espirituais. Os que desrespeitam nesta vida as reivindicações de Deus, não Lhe respeitariam a autoridade se estivessem no Céu. A Bíblia, guia infalível TS1 510 1 Todas as espécies de imoralidade são claramente delineadas na Palavra de Deus, e seus resultados nos são apresentados. A condescendência com as paixões baixas é-nos apresentada em seu caráter mais revoltante. Ninguém, por obscuro que seja o seu entendimento, precisa errar. Mas foi-me mostrado que este pecado é acariciado por muitos que professam andar em todos os mandamentos de Deus. Deus por Sua Palavra julgará todos os homens. TS1 510 2 Disse Cristo: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam." João 5:39. A Bíblia é guia infalível. Requer perfeita pureza, na palavra, no pensamento e na ação. Unicamente os de caráter virtuoso e imaculado terão permissão para entrar na presença de um Deus puro e santo. A Palavra de Deus, estudada e obedecida, guiaria os filhos dos homens, como os israelitas foram guiados por uma coluna de fogo à noite e uma coluna de nuvem de dia. A Bíblia é a vontade de Deus expressa ao homem. É o único perfeito padrão de caráter, e assinala o dever do homem em todas as circunstâncias da vida. Muitas são as responsabilidades que sobre nós repousam nesta vida, e sua negligência não só causará sofrimento a nós mesmos, mas outros também sofrerão perda em conseqüência. TS1 510 3 Homens e mulheres que professam reverenciar a Bíblia e seguir-lhe os ensinos, deixam em muitos aspectos de praticar o que ela requer. Na educação dos filhos, seguem sua própria natureza perversa, em vez da revelada vontade de Deus. Esta negligência do dever implica na perda de milhares de vidas. A Bíblia expõe regras para a correta disciplina dos filhos. Fossem esses preceitos de Deus acatados pelos pais, e veríamos hoje diferente classe de jovens apresentar-se na arena de ação. Mas pais que professam ser leitores e seguidores da Bíblia, procedem diretamente em contrário aos seus ensinamentos. Ouvimos o grito de tristeza e angústia de pais e mães que choram a conduta de seus filhos, mal reconhecendo que estão trazendo sobre si essa tristeza e angústia, e arruinando os filhos, por sua errada afeição. Não reconhecem as responsabilidades que Deus lhes deu, de educarem os filhos de modo a adquirirem hábitos corretos desde a infância. TS1 511 1 Pais, sois em grande parte responsáveis pela alma de vossos filhos. Muitos negligenciam seu dever nos primeiros anos da vida de seus filhos, julgando que quando estes tiverem mais idade, terão então muito cuidado em reprimir neles o mal e educá-los no bem. Mas o tempo oportuno para isso é quando os filhos são nenês, em seus braços. Não é direito que os pais mimem os filhos e lhes façam as vontades; tampouco é direito que os maltratem. O procedimento firme, decidido, reto, produzirá os melhores resultados. ------------------------Capítulo 94 -- Enxertado em Cristo TS1 512 1 Ensinando a Seus discípulos Cristo disse: "Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o lavrador. Toda vara em Mim, que não dá fruto, a tira; e limpa [poda] toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto." João 15:1, 2. Aquele que está unido a Cristo, participando da seiva e nutrição da videira, fará as obras de Cristo. O amor de Cristo precisa estar nele, do contrário não pode estar na Videira. Amor supremo para Com Deus, e amor ao semelhante como tendes a vós mesmos, eis a base da religião genuína. TS1 512 2 Cristo indaga de todo aquele que professa o Seu nome: "Amas-Me?" João 21:15. Se amais a Jesus, amareis as pessoas pelas quais Ele morreu. Pode um homem não apresentar um exterior muito agradável, pode ser deficiente em muitos aspectos; se, porém, sua reputação é a de uma pessoa reta e honesta, ganhará a confiança dos outros. O amor da verdade, a dependência e confiança que os homens podem nele depositar, removerão ou subjugarão os traços indesejáveis de seu caráter. A fidedignidade em vossa posição e vocação, a boa vontade de negar-vos com a finalidade de levar benefício a outros, trará paz de espírito e o favor de Deus. TS1 512 3 Os que andarem estritamente nas pegadas de seu abnegado Redentor, refletirão em seu espírito o espírito de Cristo. A pureza e o amor de Jesus irradiar-lhes-ão da vida diária e do caráter, ao mesmo tempo que seus caminhos serão guiados pela mansidão e a verdade. Toda vara frutífera é podada, para que produza mais fruto. Mesmo varas frutíferas podem exibir demasiada folhagem, e parecer o que realmente não são. Talvez os discípulos de Cristo estejam efetuando alguma obra para o Mestre, não fazendo todavia metade do que poderiam produzir. Ele os poda, então, porque o mundanismo, a condescendência consigo mesmos e o orgulho estão brotando em sua vida. O lavrador corta o excesso de gavinhas das videiras, pois estão a pegar o lixo da terra, e as torna assim mais frutíferas. Essas causas de embaraço precisam ser removidas, e os brotos defeituosos cortados, a fim de dar espaço aos saudáveis raios do Sol da justiça. TS1 513 1 Por meio de Cristo, designou Deus que o homem caído passasse por outra prova. Muitos compreendem mal o objetivo para que foram criados. Foi para beneficiarem a humanidade e glorificarem a Deus, de preferência a exaltarem e glorificarem-se a si mesmos. O Senhor está continuamente podando a Seu povo, cortando os ramos profusos e espalhados, para que eles dêem fruto para Sua glória, em vez de produzirem unicamente folhas. Ele nos poda por meio de tristezas, desapontamentos e aflições, para que os rebentos dos fortes e perversos traços de caráter enfraqueçam, e os traços bons tenham ocasião de se desenvolver. Os ídolos precisam ser abandonados, a consciência tornada mais sensível, mais espirituais as meditações do coração, e todo o caráter tornado simétrico. Os que desejam realmente glorificar a Deus, serão gratos pela revelação de todo ídolo e todo pecado, de modo que vejam esses males e os afastem de si; o coração dividido, porém, pleiteará indulgência em vez de renúncia. TS1 513 2 O ramo aparentemente seco, ligando-se à videira viva, torna-se parte dela. Fibra por fibra e veia por veia adere ele à videira até que tire sua vida e nutrição do tronco. O enxerto brota, floresce e dá fruto. A alma, morta em ofensas e pecados, precisa experimentar idêntico processo a fim de reconciliar-se com Deus, e tornar-se participante da vida e alegria de Cristo. Como o enxerto recebe vida quando ligado à videira, assim o pecador participa da natureza divina quando em união com Cristo. O homem finito é ligado com o infinito Deus. Quando unidos assim, as palavras de Cristo permanecem em nós, e não somos atuados por sentimentos intermitentes, mas por um princípio vivo e permanente. As palavras de Cristo precisam ser meditadas, e nutridas e entesouradas no coração. Não devem ser repetidas como papagaio, sem que encontrem lugar na memória, nem exerçam influência sobre o coração e a vida. TS1 514 1 Como a vara precisa permanecer na videira para receber a seiva vital que a faz florescer, assim os que amam a Deus e guardam Suas palavras precisam permanecer em Seu amor. Sem Cristo, não nos é possível vencer um só pecado, ou resistir à menor tentação. Muitos necessitam do Espírito de Cristo e de Seu poder para iluminar-lhes o entendimento, da mesma maneira que o cego Bartimeu precisava de sua vista natural. "Como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim." João 15:4. Todos quantos estiverem realmente em Cristo experimentarão os benefícios dessa união. O Pai os aceita no Amado, e eles se tomam objeto de Sua solicitude e terno e amoroso cuidado. Essa ligação com Cristo resultará na purificação do coração, e uma vida prudente e um caráter irrepreensível. O fruto dado pela árvore cristã é "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio". Gálatas 5:22, 23. ------------------------Capítulo 95 -- Lição de humildade TS1 515 1 Jesus, o querido Salvador, a todos deu notáveis lições de humildade, mas em especial ao ministro do evangelho. Em Sua humilhação, ao achar-se quase concluída Sua obra na Terra e Ele prestes a voltar para o trono do Pai, de onde viera, tendo nas mãos todo o poder e na fronte toda a glória, entre Suas últimas lições aos discípulos houve uma sobre a importância da humildade. Enquanto eles contendiam quanto a qual seria o primeiro no reino prometido, cingiu-Se Ele como um servo, e lavou os pés daqueles que O chamavam Senhor e Mestre. TS1 515 2 Seu ministério estava quase terminado; poucas lições mais tinha a ensinar. E para que jamais esquecessem a humildade do puro e impecável Cordeiro de Deus, o grande, o eficaz Sacrifício pelo homem humilhou-Se a lavar os pés dos discípulos. Ser-vos-á benéfico, bem como aos pastores em geral, o recapitular freqüentemente as cenas finais da vida de nosso Redentor. Ali, rodeado como estava de tentações, podemos todos aprender lições da mais alta importância para nós. TS1 515 3 Bom seria passar cada dia uma hora de reflexão, recapitulando a vida de Jesus da manjedoura ao Calvário. Devemos tomá-la, ponto por ponto, deixando que a imaginação se apodere vividamente de cada cena, em particular das cenas finais de Sua vida terrestre. Contemplando assim Seus ensinos e sofrimentos, e o infinito sacrifício por Ele feito para redenção da raça humana, podemos revigorar nossa fé, vivificar nosso amor e imbuir-nos mais profundamente do espírito que sustinha nosso Salvador. TS1 515 4 Caso queiramos afinal ser salvos, cumpre-nos aprender todos, ao pé da cruz, a lição de penitência e de fé. Cristo sofreu humilhação a fim de salvar-nos da vergonha eterna. Consentiu em receber escárnios e zombarias e maus-tratos, para que nos pudesse proteger. Foi nossa transgressão que Lhe adensou em torno da divina alma o véu da escuridão, e arrancou-Lhe um brado como de pessoa ferida e abandonada por Deus. Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades; e as nossas dores levou sobre Si, por causa de nossos pecados. Fez-Se oferta pelo pecado a fim de que, por meio dEle, pudéssemos ser justificados perante Deus. Tudo quanto é nobre e generoso no homem despertará em correspondência à contemplação de Cristo crucificado. TS1 516 1 Anseio ver nossos pastores se demorarem mais na cruz de Cristo, o coração enternecido e subjugado pelo incomparável amor do Salvador, amor que inspirou o sacrifício imenso. Se a par da teoria da verdade, nossos obreiros se demorassem mais sobre a piedade prática, falando inspirados por um coração possuído do espírito da verdade, veríamos muito mais almas se arrebanharem em torno do estandarte da verdade; o coração ser-lhes-ia tocado ante os apelos da cruz de Cristo, da infinita generosidade e piedade de Jesus em sofrer pelo homem. Esses assuntos vitais, aliados aos pontos doutrinários de nossa fé, efetuariam muito bem entre o povo. O coração do mestre, porém, precisa achar-se possuído do conhecimento experimental do amor de Cristo. TS1 516 2 O poderoso argumento da cruz convencerá do pecado. O divino amor de Deus pelos pecadores, expresso no dom de Seu Filho para sofrer vergonha e morte de modo a que eles fossem enobrecidos e dotados de vida eterna, constitui estudo para toda a existência. Peço-vos que estudeis de novo a cruz de Cristo. Se todos os orgulhosos e vangloriosos cujo coração anseia aplauso dos homens e distinção acima de seus companheiros pudessem estimar devidamente o valor da mais exaltada glória terrena em comparação com o valor do Filho de Deus -- rejeitado, desprezado, cuspido por aqueles mesmos a quem viera salvar -- quão insignificantes pareceriam todas as honras que o homem mortal pudesse conferir! TS1 517 1 Acham-se assentados na Palavra de Deus deveres cujo cumprimento manterá Seu povo humilde e separado do mundo, e guardá-lo-á de apostatar, como as igrejas nominais. O lavar os pés e tomar parte na ceia do Senhor, devem ser observados com mais freqüência. Jesus nos deu o exemplo, e disse que fizéssemos como Ele fez. Vi que Seu exemplo deve ser seguido o mais exatamente possível; todavia irmãos e irmãs nem sempre têm agido tão judiciosamente como deviam ao lavar os pés, causando-se confusão. Isto deve ser introduzido com cuidado e sabedoria nos lugares novos, especialmente onde o povo desconhece o exemplo e ensinos do Senhor a esse respeito, e onde têm preconceito contra isto. Muitas almas sinceras, devido à influência de antigos instrutores em quem confiavam, têm muito preconceito contra esse claro dever, e o assunto deve ser-lhes apresentado ao tempo e pela maneira conveniente. -- Primeiros Escritos, 116, 117 (1854). ------------------------Capítulo 96 -- O juízo TS1 518 1 Na manhã de 23 de Outubro de 1879, por volta das duas horas, o Espírito do Senhor repousou sobre mim, e vi cenas do juízo vindouro. Faltam-me palavras para descrever devidamente as coisas que passaram diante de mim, e o efeito que tiveram sobre meu espírito. TS1 518 2 Parecia haver chegado o grande dia da execução do juízo de Deus. Milhões achavam-se reunidos diante de um grande trono, sobre o qual estava sentada uma pessoa de aparência majestosa. Vários livros achavam-se diante dEle, e na capa de cada um estava escrito em letras de ouro, que pareciam como chama ardente: "Contas-correntes do Céu." Foi então aberto um desses livros, contendo os nomes dos que professam crer na verdade. Perdi imediatamente de vista os inúmeros milhões que se achavam em redor do trono, e unicamente os que eram professos filhos da luz e da verdade me prenderam a atenção. Ao serem nomeadas essas pessoas, uma a uma, e mencionadas suas boas ações, sua fisionomia iluminava-se de santa alegria que se refletia em todas as direções. Isto, porém, não pareceu fixar-se em meu espírito com a maior intensidade. TS1 518 3 Abriu-se outro livro, no qual se achavam registrados os pecados dos que professam a verdade. Sob o cabeçalho geral de egoísmo, vinha uma legião de pecados. Havia também cabeçalhos sobre cada coluna e, embaixo destes, ao lado de cada nome, achavam-se registrados, em suas respectivas colunas, os pecados menores. TS1 518 4 Sob a cobiça vinha a falsidade, o furto, o roubo, a fraude e a avareza; sob a ambição vinha o orgulho e a prodigalidade; o ciúme encabeçava a maldade, a inveja e o ódio; e a intemperança servia de cabeçalho a uma longa lista de terríveis crimes, como a lascívia, o adultério, a condescendência com as paixões sensuais, etc. Ao contemplar isto, enchi-me de inexprimível angústia, e exclamei: "Quem poderá salvar-se? quem subsistirá justificado diante de Deus? quem terá os vestidos sem mancha? quem é impecável aos olhos de um Deus puro e santo?" TS1 519 1 À medida que o Santo que estava sobre o trono ia virando lentamente as folhas do Contas-correntes e Seus olhos pousavam momentaneamente sobre os indivíduos, esse olhar parecia queimar-lhes até ao íntimo da alma, e no mesmo instante cada palavra e ação de sua vida passava-lhe diante da mente, clara como se fosse traçada ante seus olhos com letras de fogo. Apoderava-se deles o temor, e os rostos empalideciam. Seu primeiro aspecto quando se achavam diante do trono, era de descuidosa indiferença. Mas como se lhes mudara agora esse aspecto! Desaparecera o sentimento de segurança, substituindo-o insuportável terror. Toda alma está aterrada, não seja ela achada entre os que estão em falta. Todos os olhos se acham voltados para a face dAquele que está sobre o trono: e enquanto Seu olhar solene e esquadrinhador passa por aquele grupo, há tremor de coração; pois sentem-se em si mesmos condenados, sem que fosse pronunciada uma palavra. Em angústia de alma, cada um declara a própria culpa e de maneira terrivelmente vívida vê que, pecando, atirou fora a preciosa dádiva da vida eterna. Empecilhos do terreno TS1 519 2 Uma classe estava registrada como empecilhos do terreno. Ao cair sobre esses o penetrante olhar do Juiz, foram distintamente revelados seus pecados de negligência. Com lábios pálidos e trêmulos reconheceram haver sido traidores do santo depósito que lhes fora confiado. Haviam tido advertências e privilégios, mas não os haviam atendido e aproveitado. Podiam ver agora que haviam presumido demasiado da misericórdia de Deus. Em verdade, não tinham a fazer confissões como as dos vis e baixamente corrompidos; mas, como a figueira, eram amaldiçoados por não produzirem frutos, por não haverem usado os talentos a eles confiados. TS1 520 1 Essa classe dera ao próprio eu o supremo lugar, trabalhando apenas pelo interesse egoísta. Não eram ricos para com Deus, não havendo correspondido a Suas reivindicações sobre eles. Conquanto professassem ser servos de Cristo, não Lhe trouxeram almas. Houvesse a causa de Deus dependido de seus esforços, e haveria definhado; pois eles, não somente retiveram os meios que lhes foram emprestados por Deus, mas a si mesmos se retiveram. Estes, porém, podiam ver agora e sentir que, assumindo para com a obra e a causa de Deus uma posição de irresponsabilidade, haviam-se colocado do lado esquerdo. Haviam tido oportunidade, mas não fizeram a obra que podiam e deviam ter feito. TS1 520 2 Foram mencionados os nomes de todos quantos professam a verdade. Alguns foram reprovados por sua incredulidade, outros por terem sido servos negligentes. Deixaram que outros fizessem a obra na vinha do Mestre, e levassem as mais pesadas responsabilidades, enquanto eles estavam servindo egoistamente seus próprios interesses temporais. Houvessem eles cultivado as aptidões que o Senhor lhes dera, teriam sido dignos de confiança como portadores de responsabilidades, trabalhando pelos interesses do Mestre. Disse o Juiz: "Todos serão justificados por sua fé, e julgados por suas obras." Quão vividamente aparecia então sua negligência, e quão sábia a medida de Deus de dar a cada homem uma obra a fazer a fim de promover a causa e salvar seus semelhantes! Cada um devia demonstrar na família e na vizinhança uma fé viva, mediante a bondade manifestada ao pobre, a compaixão para com o aflito, o empenhar-se em obra missionária, e o ajudar a causa de Deus com Seus meios. Mas, como aconteceu em Meroz, a maldição de Deus repousou sobre eles pelo que não fizeram. Amaram a obra que traria mais proveito nesta vida; e ao lado de seus nomes no Livro consagrado às boas obras, havia um lamentável vazio. Achado em falta TS1 521 1 As palavras dirigidas a esses foram soleníssimas: "Fostes pesados na balança, e achados em falta. Negligenciastes as responsabilidades espirituais devido à atarefada atividade nos assuntos temporais, ao passo que vossa própria posição de confiança tornava necessário possuirdes sabedoria mais que humana e discernimento acima do finito. Precisáveis disto a fim de realizardes mesmo a parte mecânica de vosso trabalho; e quando desligastes Deus e Sua glória de vossa ocupação, desviastes-vos de Sua bênção." TS1 521 2 Foi então feita a pergunta: "Por que não lavastes vossos vestidos de caráter, e os branqueastes no sangue do Cordeiro? Deus enviou Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que esse fosse salvo por Ele. Meu amor por vós foi mais abnegado do que o de uma mãe. Foi para poder apagar vosso sombrio registro de iniqüidade, e pôr-vos nos lábios o cálice da salvação, que sofri a morte de cruz, suportando o peso e a maldição de vossa culpa. As agonias da morte, e os horrores das trevas do sepulcro, Eu suportei, a fim de vencer aquele que tinha o império da morte, descerrar a prisão, e abrir-vos os portais da vida. Submeti-Me à vergonha e à angústia porque vos amava com infinito amor, e queria trazer de volta Minhas ovelhas desgarradas e errantes ao paraíso de Deus, à árvore da vida. Essa vida de bênção que para vós comprei a tal preço, vós a desprezastes. Vergonha, injúria e ignomínia como as que por vós sofreu vosso Mestre, vós os evitastes. Não apreciastes os privilégios pelos quais Ele deu a Sua vida para pô-los ao vosso alcance. Não quisestes ser participantes de Seus sofrimentos, e agora não podeis partilhar com Ele de Sua glória." TS1 521 3 Foram então proferidas estas solenes palavras: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda." Apocalipse 22:11. Fechou-se então o livro, e caiu o manto da pessoa que estava no trono, revelando a terrível glória do Filho de Deus. TS1 522 1 A cena dissipou-se, e encontrei-me ainda na Terra, inexprimivelmente grata por que o dia de Deus ainda não chegara, e o precioso tempo da graça ainda nos fosse concedido, de modo a nos prepararmos para a eternidade. TS1 522 2 O trabalho de cada hora passa em revista diante de Deus, e é registrado para fidelidade ou infidelidade. O registro dos momentos desperdiçados e não aproveitadas oportunidades, terá de ser enfrentado quando se assentar o juízo, e os livros forem abertos e cada um for julgado segundo as coisas escritas nos livros. Egoísmo, inveja, orgulho, ciúmes, preguiça, ou qualquer outro pecado nutrido no coração, excluirá uma pessoa da bem-aventurança do Céu. "A quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis." Romanos 6:16. -- Testimonies for the Church 4:453 (1880). ------------------------Capítulo 97 -- Embaixadores de Cristo TS1 523 1 Os embaixadores de Cristo têm importante e solene obra a realizar, a qual alguns assumem muito levianamente. Ao mesmo tempo que Cristo é oficiante no santuário celeste, é também, por intermédio dos Seus delegados, o Líder de Sua igreja na Terra. Fala ao povo mediante homens, e, por meio deles, leva avante a obra da mesma maneira que o fazia nos dias de Sua humilhação, quando andava em pessoa aqui no mundo. Apesar de decorridos séculos, o lapso de tempo não mudou a promessa por Ele deixada aos discípulos: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Desde a ascensão de Cristo até hoje, homens ordenados por Deus, homens que dEle derivam sua autoridade, têm-se tornado mestres da fé. Cristo, o Pastor verdadeiro, superintende Sua obra por intermédio desses subpastores. Assim a função dos que trabalham na palavra e na doutrina se torna muito importante. Rogam ao povo, da parte de Cristo, que se reconciliem com Deus. TS1 523 2 O povo não deve considerar seus pastores como simples oradores públicos, mas como embaixadores de Cristo, os quais recebem sabedoria e poder do grande Chefe da igreja. Menosprezar e desatender a palavra falada pelo representante do Senhor é, não somente um desrespeito para com o homem, mas também para com o Mestre que o enviou. Ele está em lugar de Cristo; e deve-se ouvir a voz dEste em Seu representante. Pregar a Cristo TS1 523 3 Muitos de nossos pastores têm cometido grande erro com o proferir discursos que eram inteiramente argumentativos. Almas há que escutam a teoria da verdade e ficam impressionadas com as provas apresentadas; então, se uma parte do sermão põe em foco a Cristo como Salvador do mundo, a semente lançada poderá brotar e dar fruto para a glória de Deus. Em muitas pregações, porém, não é apresentada ao povo a cruz de Cristo. Talvez alguns estejam escutando o último sermão que lhes é dado ouvir, e outros não terão nunca mais a oportunidade de ouvir uma exposição da cadeia da verdade, com uma aplicação prática da mesma a seu próprio coração. Perdida essa áurea oportunidade, fica perdida para sempre. Houvesse Cristo, com Seu amor redentor, sido exaltado em ligação com a teoria da verdade, e isso os poderia haver feito pender para o lado dEle. TS1 524 1 Existem mais almas anelando compreender como poderão chegar a Cristo, do que nós imaginamos. Muitas pessoas ouvem sermões proferidos do púlpito e depois não ficam sabendo mais do que sabiam antes acerca de encontrarem a Jesus e a paz e descanso ansiados por sua alma. Os pastores que pregam a última mensagem de misericórdia ao mundo devem ter em mente que Cristo deve ser exaltado como o refúgio do pecador. Muitos deles acham que não é necessário pregar arrependimento e fé, com o coração de todo subjugado pelo amor de Deus; tomam por certo que seus ouvintes se acham perfeitamente relacionados com o evangelho, e que, para lhes prender a atenção, é preciso apresentar-lhes assuntos de natureza diversa. Caso seus ouvintes mostrem interesse, tomam-no como prova de êxito. O povo é mais ignorante acerca do plano da salvação, e necessita mais instruções sobre esse importante assunto, do que a respeito de qualquer outro tema. TS1 524 2 Os que se reúnem para ouvir a verdade devem esperar tirar proveito, como fez Cornélio com seus amigos: "Agora, pois, estamos todos presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto por Deus te é mandado." Atos dos Apóstolos 10:33. TS1 524 3 São essenciais os discursos teóricos, para que todos conheçam a forma de doutrina, e vejam a cadeia da verdade, elo por elo, unidos em um todo perfeito. Sermão algum deve ser feito, no entanto, sem apresentar a Cristo, e Cristo crucificado, como o fundamento do evangelho, fazendo aplicação prática das verdades apresentadas, e gravando no povo a idéia de que a doutrina de Cristo não é sim e não, mas sim e amém em Cristo Jesus. TS1 525 1 Depois de a teoria da verdade haver sido apresentada, vem a parte laboriosa da obra. O povo não deve ser deixado sem instrução no que respeita às verdades práticas relacionadas com sua vida diária. Cumpre-lhes ver e sentir que são pecadores, e precisam converter-se a Deus. O que Cristo disse, o que fez e ensinou, tem de ser posto diante deles da maneira mais impressiva possível. TS1 525 2 A obra do pastor está simplesmente começada quando se expõe a verdade ao entendimento do povo. Cristo é nosso mediador e oficiante sumo sacerdote diante do Pai. A João foi Ele mostrado como um Cordeiro que fora morto, mesmo no ato de derramar Seu sangue em benefício do pecador. Quando a lei de Deus é posta diante do pecador, mostrando-lhe a profundidade de seus pecados, ele deve ser encaminhado ao Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Tem-se de ensinar-lhe arrependimento para com Deus, e fé para com nosso Senhor Jesus Cristo. Assim estará o trabalho do representante de Cristo em harmonia com Sua obra no santuário celeste. Ensinar a piedade prática TS1 525 3 Os pastores conquistariam muito mais corações, caso insistissem mais na piedade prática. Freqüentemente, quando se fazem esforços para introduzir a verdade em novos campos, o trabalho é quase inteiramente teórico. O povo está em condição instável. Vêem a força da verdade, e ficam ansiosos por obter um firme fundamento. Ao serem seus sentimentos abrandados, é o tempo por excelência para insistir na religião de Cristo, fazendo-a penetrar na consciência; demasiadas vezes, porém, tem-se permitido que termine o período das conferências, sem haver sido feito em favor do povo aquela obra de que eles necessitam. Esse esforço assemelha-se muito à oferta de Caim; não contém o sangue sacrifical que o torna aceitável a Deus. Caim tinha razão em fazer uma oferta, mas deixou fora tudo quanto lhe dava valor -- o sangue da expiação. TS1 526 1 É triste que o motivo por que muitos acentuam tanto a teoria e tão pouco a piedade prática, é não terem Cristo no coração. Não possuem viva ligação com Deus. Muitas almas decidem em favor da verdade levadas pela força das provas, sem estarem convertidas. Não foram feitas pregações práticas juntamente com as doutrinas, de modo que, ao verem os ouvintes a bela sequência de verdades, fossem possuídos de amor para com o Autor das mesmas, e santificados por meio da obediência. O trabalho do pastor não se acha consumado enquanto ele não impressionar os ouvintes com a necessidade de uma mudança de caráter em harmonia com os puros princípios da verdade que receberam. TS1 526 2 É de temer uma religião formal; pois nela não há Salvador. Jesus fazia sermões simples, concisos, esquadrinhadores e práticos. Seus embaixadores devem seguir-Lhe o exemplo em todo discurso. Cristo e o Pai eram um; Cristo concordava de boa vontade com todas as reivindicações do Pai. Ele tinha a mente de Deus. O Redentor era o Modelo perfeito. NEle Se manifestava Jeová. O Céu estava envolto na humanidade, e a humanidade abrigava-se no seio do Infinito Amor. TS1 526 3 Caso os pastores se assentem humildemente aos pés de Jesus, alcançarão em breve visões do caráter de Deus, sendo também habilitados a ensinar a outros. Alguns entram para o ministério sem profundo amor para com Deus ou os semelhantes. Na vida desses manifestar-se-á egoísmo e condescendência consigo mesmos; e ao passo que esses vigias não consagrados e infiéis se servem a si mesmos em vez de alimentar o rebanho e atender a seus deveres pastorais, o povo perece por falta da devida instrução. Apresentar um apelo fervoroso TS1 526 4 Em todo discurso, deve-se fazer um fervoroso apelo ao povo, para que deixem seus pecados e se voltem para Cristo. Devem-se condenar os pecados comuns e as condescendências de nossos dias, salientando-se a piedade prática. O próprio pastor deve falar com profunda sinceridade, sentindo de coração as palavras proferidas, e estando como incapaz de conter o próprio interesse pela alma dos homens e mulheres por quem Cristo morreu. Foi dito a respeito do Mestre: "O zelo da Tua casa Me devorou." Salmos 69:9. O mesmo deve ser experimentado por Seus representantes. TS1 527 1 Infinito foi o sacrifício feito em prol do homem, e feito em vão para toda alma que não aceitar a salvação. Quão importante, pois, que aquele que apresenta a verdade o faça plenamente sob o senso da responsabilidade que sobre ele pesa! Quão benigno, piedoso e cortês deve ser todo o seu proceder no trato com a alma dos homens, quando o Redentor do mundo mostrou que Ele os tem em tão alto apreço! Cristo indaga: "Quem é pois o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a Sua casa?" Mateus 24:45. Jesus pergunta: "Quem", e cada ministro do evangelho deve repetir a mesma pergunta no próprio coração. Ao considerar as solenes verdades, e contemplar em mente o quadro do fiel e prudente mordomo, sua alma deve comover-se até às profundezas. Praticantes da palavra TS1 527 2 A todo homem é dada sua obra; ninguém é dispensado. Cada um tem uma parte a desempenhar, segundo sua capacidade; e cabe àquele que apresenta a verdade, com cuidado e oração, descobrir as aptidões de todos quantos aceitam essa verdade, e depois instruí-los e guiá-los, passo a passo, deixando que eles avaliem o peso da responsabilidade que sobre eles repousa de realizar a obra que Deus lhes designa. Cumpre insistir em mostrar-lhes que ninguém poderá resistir à tentação, corresponder ao desígnio de Deus e viver a vida cristã, a menos que lance mão de sua obra, seja ela grande ou pequena, executando-a com conscienciosa fidelidade. Há para todos uma tarefa além de ir à igreja e escutar a Palavra de Deus. É preciso que pratiquem a verdade ouvida, introduzindo-lhe os princípios na vida diária. Importa que façam constantemente obra para Cristo, não por motivos egoístas, mas visando unicamente a glória dAquele que fez todo sacrifício a fim de salvá-los da ruína. TS1 528 1 Os pastores devem fazer com que os que aceitam a verdade sejam impressionados com o fato de que lhes cumpre ter Jesus no lar; de que necessitam de Sua graça e sabedoria para guiar e governar seus filhos. É uma parte do trabalho que Deus lhes deixou a fazer -- educar e disciplinar esses filhos, levando-os à sujeição. Que a bondade e cortesia do pastor se manifeste no trato para com as crianças. Convém que tenha sempre em mente que as mesmas são homens e mulheres em miniatura, membros mais novos da família do Senhor, os quais podem estar bem achegados e ser mui caros ao Mestre e, caso sejam devidamente instruídos e disciplinados, ser-Lhe-ão de utilidade, mesmo em seus tenros anos. Cristo Se ofende com toda palavra áspera, severa e precipitada dirigida às crianças. Seus direitos nem sempre são respeitados, e são muitas vezes tratadas como se não possuíssem um caráter individual que necessita ser devidamente desenvolvido a fim de não ficar prejudicado e o desígnio de Deus em sua vida vir a falhar. TS1 528 2 Desde a infância, Timóteo conhecia as Escrituras; e esse conhecimento lhe foi uma salvaguarda contra as más influências que o rodeavam e a tentação de preferir o prazer e a satisfação própria ao dever. Todos os nossos filhos necessitam dessa salvaguarda; e deve constituir parte da obra dos pais e dos embaixadores de Cristo, o ver que as crianças sejam convenientemente instruídas na Palavra de Deus. A perfeição em Cristo TS1 528 3 Caso o pastor queira receber a aprovação do Senhor, tem de trabalhar com fidelidade para apresentar todo homem perfeito em Cristo. Em sua maneira de trabalhar ele não deve dar a impressão de ser de pouca importância se os homens aceitam ou não aceitam a verdade e exercitam a verdadeira piedade; a fidelidade e a abnegação manifestadas em sua vida, porém, devem ser de molde a convencer o pecador de que se acham em jogo interesses eternos, e que sua alma se acha em perigo a menos que ele corresponda aos diligentes esforços feitos em seu favor. Os que têm sido trazidos do erro e das trevas para a verdade e a luz, têm grandes mudanças a fazer, e a menos que a necessidade de completa reforma lhes seja insistentemente mostrada à consciência, serão como o homem que contemplou o rosto ao espelho -- a lei de Deus -- e descobriu os defeitos de seu caráter moral, mas foi-se embora e esqueceu que tal era. O espírito deve ser conservado alerta quanto ao senso de responsabilidade, do contrário volve a um estado de ainda mais descuidosa atenção do que antes de ser despertado. TS1 529 1 A obra dos embaixadores de Cristo é muito maior e de mais responsabilidade do que muitos sonham. Eles não devem absolutamente ficar satisfeitos com o próprio êxito enquanto não puderem, por seus zelosos labores e a bênção de Deus, apresentar-Lhe cristãos prestimosos, possuídos de um verdadeiro senso de sua responsabilidade, e que realizem a obra que lhes foi designada. O devido trabalho e instrução levarão às fileiras do trabalho os homens e mulheres de caráter vigoroso e de tão firmes convicções, que coisa alguma de caráter egoísta tenha permissão de estorvá-los em sua obra, diminuir-lhes a fé ou detê-los no cumprimento do dever. TS1 529 2 Caso o pastor haja instruído devidamente os que se lhe acham sob o cuidado, a obra deixada quando ele parte para outro campo não se desmorona; pois está firmemente construída. A menos que os que recebem a verdade se achem inteiramente convertidos, e haja mudança radical em sua vida e caráter, a alma não está firmada à Rocha eterna; e depois de cessar o trabalho do pastor e de desaparecer a novidade, presto se dissipa a impressão, a verdade perde seu poder e encanto, e não exercem nenhuma influência santificadora nem são melhores por professarem a verdade. TS1 530 1 Fico surpresa de que, com os exemplos que temos diante de nós do que o homem pode ser, e do que lhe é possível realizar, não sejamos estimulados a maiores esforços para imitar as boas obras dos justos. Nem todos poderão ocupar posição de destaque; todavia todos são capazes de preencher cargos de utilidade e confiança e, por sua perseverante fidelidade, fazer muito maior bem do que supõem poder realizar. Os que abraçam a verdade devem buscar uma clara compreensão das Escrituras, e um conhecimento experimental do Salvador vivo. O intelecto precisa ser cultivado, a memória exercitada. Toda preguiça intelectual é pecado, e a letargia espiritual é morte. Dirigir a mente do povo para Jesus TS1 530 2 Quem me dera manejar a língua com suficiente vigor para produzir em meus coobreiros no evangelho a impressão que desejaria! Meus irmãos, estais lidando com as palavras da vida; estais tratando com mentes susceptíveis do máximo desenvolvimento, uma vez que sejam orientadas na devida direção. Há, porém, demasiada exibição do próprio eu nas pregações. Cristo crucificado, Cristo assunto ao Céu, Cristo prestes a voltar, deve por tal forma abrandar, alegrar e encher a mente do ministro do evangelho, que ele apresente essas verdades ao povo com amor e ardor profundo. Perder-se-á então de vista o pastor, e Jesus será magnificado. O povo ficará tão impressionado com esses assuntos todo-absorventes, que falarão neles e os louvarão em lugar de elogiar ao pastor, mero instrumento. Mas se, enquanto o povo gaba o pastor, tem pouco interesse na palavra pregada, ele pode saber que a verdade não lhe está santificando a própria alma. Ele não fala a seus ouvintes de tal maneira que Jesus seja honrado e exaltado o Seu amor. TS1 530 3 Cristo disse: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. Fazei brilhar de tal maneira a vossa luz, que a glória redunde em favor de Deus em vez de recair sobre vós mesmos. Caso sejais vós os glorificados, bem podeis tremer e envergonhar-vos, pois perdeu-se o grande objetivo; não é Deus, mas o servo que é louvado. Assim resplandeça a vossa luz; cuidai, ministros de Cristo, com a maneira por que vossa luz resplandece. Caso irradie para o alto, revelando a excelência de Cristo, brilha como convém. Se se volta para vós, se exibis o próprio eu, e atraís o povo a vos admirar, melhor seria que vos calásseis de todo; pois vossa luz irradia de maneira errônea. Representantes vivos de Cristo TS1 531 1 Ministros de Cristo, podeis estar ligados com Deus, caso vigieis e oreis. Sejam vossas palavras temperadas com sal, e fazei com que vossas maneiras sejam impregnadas de cortesia cristã e verdadeira elevação. Se a paz de Deus reinar no interior, seu poder não somente fortalecerá, mas abrandará vosso coração, e sereis representantes vivos de Cristo. O povo que professa a verdade está-se desviando de Deus. Jesus está prestes a vir, e eles não se acham preparados. O pastor deve, ele próprio, atingir elevada norma, ter uma fé cheia de firmeza, uma viva e vívida experiência, não aquela embotada e comum dos professos nominais. TS1 531 2 A Palavra de Deus apresenta-vos elevado padrão. Haveis de, mediante um esforço apoiado por jejum e oração, atingir à integridade e coerência do caráter cristão? Deveis fazer retas veredas para vossos pés, para que até quem anda com dificuldade não se desvie do caminho. Uma íntima ligação com Deus trar-vos-á, em vosso labor, aquele poder vital que desperta a consciência, e convence o pecador do pecado, levando-o a clamar: "Que farei para me salvar?" TS1 531 3 A comissão dada por Cristo aos discípulos exatamente antes de ascender ao Céu, foi: "Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:19, 20. "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim." João 17:20. A comissão atinge aos que por intermédio dos discípulos, hão de crer em Sua Palavra. E todos quantos por Deus são chamados para servirem como embaixadores Seus, devem tomar as lições de piedade prática a eles dadas por Cristo em Sua Palavra, e ensiná-las ao povo. TS1 532 1 Cristo abriu as Escrituras diante de Seus discípulos, começando com Moisés e os profetas, e instruiu-os em todas as coisas que Lhe diziam respeito, e explicou-lhes também as profecias. Em suas pregações, os apóstolos volviam ao tempo de Adão, e traziam os ouvintes através da história profética, terminando com Cristo e Cristo crucificado, chamando os pecadores ao arrependimento, e a que se volvessem de seus pecados para Deus. Os representantes de Cristo em nossos dias devem-lhes seguir o exemplo, exaltando a Cristo em todos os seus sermões, como o Excelso, como tudo em todos. Um ministério convertido TS1 532 2 A formalidade não está tomando posse apenas das igrejas nominais, mas aumenta em proporções alarmantes entre os que professam ser observadores dos mandamentos de Deus e aguardar o breve aparecimento de Cristo nas nuvens do céu. Não devemos ser estreitos em nossos pontos de vista e limitar nossas oportunidades de fazer o bem; todavia, ao mesmo tempo que estendemos nossa influência e ampliamos os planos à medida que a Providência abre o caminho, cumpre-nos ser mais zelosos em evitar a idolatria do mundo. Enquanto fazemos maiores esforços para aumentar nossa utilidade, precisamos fazer esforços correspondentes para alcançar a sabedoria de Deus de modo a levar avante todos os ramos da obra segundo Sua determinação, e não conforme ao ponto de vista mundano. Não devemos seguir o modelo do mundo nos costumes, mas tirar o máximo das oportunidades colocadas por Deus ao nosso alcance para pôr a verdade diante do povo. TS1 532 3 Quando, como um povo, nossas obras corresponderem à nossa profissão de fé, veremos realizado muito mais do que testemunhamos agora. Quando tivermos homens consagrados como Elias, e possuídos da fé que o animou, veremos que Deus Se nos revelará como o fez aos homens santos de outrora. Quando tivermos homens que, ao passo que reconhecem as próprias deficiências, como Jacó, pleiteiam com Deus em fervente fé, havemos de ver idênticos resultados. Em resposta à oração da fé, virá poder ao homem da parte de Deus. TS1 533 1 Bem pouca é a fé que existe no mundo. Poucos são os que vivem perto de Deus. E como poderemos esperar mais poder, e que Deus Se revele aos homens, quando Sua Palavra é negligentemente manuseada, e os corações não são santificados pela verdade? Homens que não são nem metade convertidos, cheios de confiança em si mesmos e de caráter presunçoso, pregam a verdade a outros. Deus, porém, não opera com eles, visto faltar-lhes santidade de coração e vida. Não andam humildemente com Deus. Precisamos de um ministério convertido, e então veremos a luz de Deus, e Seu poder a cooperar com todos os nossos esforços. TS1 533 2 Os vigias que eram antigamente colocados nos muros de Jerusalém e outras cidades, ocupavam uma posição de grande responsabilidade. De sua fidelidade dependia a segurança de todos os que se encontravam nessas cidades. Ao perceberem qualquer perigo, não se deviam calar, quer de dia quer de noite. De momento a momento cumpria-lhes chamarem-se uns aos outros, a ver se todos estavam alerta e não lhes acontecera mal algum. Punham-se sentinelas em elevações que dominavam postos importantes a serem guardados, e dali ressoavam os gritos de advertência ou de animação. Estes eram levados de uns para outros, repetindo cada um as palavras, até passarem por toda a cidade. TS1 533 3 Esses vigias representam o ministério, de cuja fidelidade depende a salvação de almas. Os despenseiros dos mistérios de Deus devem postar-se como vigias sobre os muros de Sião; e se eles vêem vir a espada, cumpre-lhes fazer soar o toque de advertência. Caso sejam sentinelas sonolentas, se suas percepções espirituais se encontram tão entorpecidas que não vêem nem compreendem o perigo, e o povo perece, Deus lhes requer o sangue das mãos do vigia. A sagrada responsabilidade dos vigias TS1 534 1 "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte." Ezequiel 33:7. Os atalaias necessitam viver bem achegados a Deus, para ouvir-Lhe a palavra e serem impressionados por Seu Espírito, de modo a que o povo não espere neles em vão. "Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." Ezequiel 33:8, 9. Os embaixadores de Cristo devem cuidar que não venham, pela sua infidelidade, a perder a própria alma e a dos que os ouvem. TS1 534 2 Foram-me mostradas as igrejas de vários Estados que professam guardar os mandamentos de Deus e aguardar a segunda vinda de Cristo. Alarmante é a quantidade de indiferença, orgulho, amor do mundo e fria formalidade existente entre elas. E essas são as pessoas que se vão rapidamente assemelhando ao antigo Israel, no que respeita à falta de piedade. Muitos fazem uma elevada profissão de piedade, e todavia são destituídos de domínio próprio. O apetite e a paixão têm as rédeas; o eu, a preeminência. Muitos são arbitrários, ditatoriais, despóticos, jactanciosos, orgulhosos e destituídos de consagração. Todavia alguns desses são pastores, a lidar com sagradas verdades. A menos que se arrependam, seu castiçal será removido do lugar que ocupa. A maldição do Salvador sobre a figueira estéril é um sermão a todos os que têm uma religião formal, aos jactanciosos hipócritas que se apresentam ao mundo com pretensiosa folhagem, mas se acham destituídos de frutos. Que repreensão aos que têm uma forma de piedade ao passo que na falta de cristianismo de sua vida negam a eficácia dela! Aquele que tratou brandamente ao próprio cabeça dos pecadores. Aquele que jamais menosprezou a verdadeira mansidão e arrependimento, por maior que fosse a culpa, caiu com esmagadoras denúncias sobre os que faziam elevada profissão de piedade, mas nas obras negavam a própria fé. ------------------------Capítulo 98 -- O dever dos pais para com a escola TS1 536 1 Nossos irmãos e irmãs de outras partes devem sentir o dever que lhes cumpre de manter esta instituição planejada por Deus. Alguns dos alunos voltam para casa murmurando e queixando-se, e os pais e os membros da igreja dão ouvidos às declarações exageradas, unilaterais. Bem fariam em considerar que a história tem dois lados; no entanto, permitem que essas informações truncadas criem uma barreira entre eles e o colégio. Começam então a exprimir temores, dúvidas e suspeitas quanto à maneira por que o colégio está sendo dirigido. Tal influência produz grande dano. As palavras de descontentamento propagam-se como uma moléstia contagiosa, e a impressão causada sobre o espírito de outros dificilmente se apagará. A história avoluma-se a cada repetição, chegando a gigantescas proporções, quando uma investigação revelaria o fato de que não houve falta da parte dos professores ou mestres. Estes cumpriram apenas seu dever em fazer vigorar os regulamentos da escola, o que se deve fazer, do contrário a escola ficará desmoralizada. TS1 536 2 Nem sempre os pais procedem com prudência. Muitos são demasiado exigentes no desejar levar outros a participarem de suas idéias, e tornam-se impacientes e arrogantes se não o conseguem; quando, porém, é exigido de seus filhos que observem as regras e regulamentos da escola, e eles se zangam diante da necessária restrição, com freqüência os pais, que professam amar e temer a Deus, unem-se aos filhos em vez de reprová-los e corrigir-lhes as faltas. Isto se demonstra muitas vezes o ponto decisivo no caráter desses filhos. Ordens e regras são derribadas, a disciplina é pisada a pés. Os filhos desprezam a restrição, sendo-lhes permitido falar desprezivamente das instituições de Battle Creek. Se tão-somente os pais refletissem, veriam os maus resultados da orientação que estão seguindo. Seria na verdade coisa maravilhosa se, numa escola de quatrocentos alunos, dirigida por homens e mulheres sujeitos às fraquezas da humanidade, tudo fosse tão perfeito, tão exato, que desafiasse a crítica. TS1 537 1 Caso os pais se colocassem na posição dos professores, e vissem quão difícil é dirigir e disciplinar uma escola de centenas de alunos de todas as séries e com os mais diferentes tipos de comportamento, talvez com reflexão, vissem diversamente os fatos. Cumpre-lhes considerar que alguns filhos nunca receberam disciplina em casa. Tendo sido sempre tratados complacentemente, sem nunca serem exercitados na obediência, ser-lhes-ia grandemente proveitoso serem afastados dos pais excessivamente liberais e colocados sob regulamentos e exercícios tão rigorosos como os que regem os soldados num exército. A menos que se faça algo por esses filhos tão negligenciados por pais infiéis, eles jamais poderão ser aceitos por Jesus; a menos que sejam controlados por algum poder, virão a ser de nenhum préstimo nesta vida, e não terão parte na futura. TS1 537 2 É perfeita a ordem no Céu, a obediência perfeita, perfeitas a paz e a harmonia. Os que não têm tido nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida, não respeitarão a ordem observada no Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos houverem de ter entrada no Céu amarão a ordem e respeitarão a disciplina. O caráter formado nesta vida determinará o destino futuro. Quando Cristo vier, não mudará o caráter de ninguém. O precioso tempo da graça é concedido a fim de ser aproveitado em lavar nossas vestes de caráter e branqueá-las no sangue do Cordeiro. O remover as manchas do pecado requer a obra de toda uma existência. Necessitam-se dia a dia novos esforços no refrear e negar o próprio eu. A cada dia há novas batalhas a combater, e vitórias novas a serem obtidas. Diariamente deve a alma dilatar-se, pleiteando fervorosamente com Deus pelas poderosas vitórias da cruz. Os pais não devem negligenciar de sua parte nenhum dever para beneficiar seus filhos. Devem educá-los de tal maneira, que venham a ser uma bênção para a sociedade aqui, e possam colher a recompensa da vida eterna no porvir. ------------------------Capítulo 99 -- Alunos da escola TS1 539 1 Os alunos que professam amar a Deus e obedecer à verdade, devem possuir tal grau de domínio próprio e resistência de princípios religiosos que sejam habilitados a permanecer inabaláveis em meio das tentações, e a defenderem a Cristo no colégio, nas casas que se acham hospedados, ou onde quer que estejam. A religião não é para ser usada meramente como uma capa, na casa de Deus; antes, os princípios religiosos devem caracterizar toda a vida. Os que bebem da fonte da vida, não manifestarão, à semelhança dos mundanos, ansioso desejo de variações e de prazer. Em sua conduta e caráter ver-se-ão o sossego, a paz e a felicidade que encontraram em Jesus mediante o depositar-Lhe aos pés, dia a dia, suas perplexidades e preocupações. Mostrarão que há contentamento e mesmo alegria na vereda da obediência e do dever. Esses exercerão sobre os condiscípulos uma influência que se fará sentir na escola inteira. Os que compõem esse fiel exército serão um refrigério e fortalecimento para os professores e dirigentes em seus esforços, contrariando toda espécie de infidelidade, de discórdia e negligência no que concerne a cooperar com os regulamentos. Sua influência será salvadora, e no grande dia de Deus suas obras não perecerão, mas segui-los-ão no mundo por vir; e a influência de sua vida aqui falará através dos séculos sem fim da eternidade. Um jovem sincero, consciencioso, fiel na escola, é inestimável tesouro. Os anjos do Céu contemplam-no com amor. O precioso Salvador o ama, e no livro do Céu registrará toda obra de justiça, cada tentação resistida, todo mal subjugado. Ele estará assim depositando um bom fundamento contra o tempo que há de vir, de modo a lançar mão da vida eterna. ... TS1 540 1 Depende em grande medida dos jovens cristãos a conservação e perpetuidade das instituições designadas por Deus para progresso de Sua obra. Esta séria responsabilidade repousa sobre a mocidade de hoje, a qual se revela no campo de ação. Jamais houve um período em que, de uma geração, dependessem tão relevantes resultados; quão importante, pois, que os moços se achem habilitados a realizar a grande obra, para que Deus os possa usar como instrumentos! Os direitos de seu Criador sobre eles excedem a todos os outros. TS1 540 2 Foi Deus que lhes deu a vida, e todas as faculdades físicas e mentais de que se acham dotados. Ele lhes concedeu aptidões para sábio aproveitamento, para que se lhes possa confiar uma obra perdurável como a eternidade. Em troca de Seus grandes dons, Ele pede o devido cultivo e exercício de suas faculdades intelectuais e morais. Não lhas deu para mero entretenimento deles, ou para serem mal empregadas naquilo que é contrário à Sua vontade e providência, mas para que sejam usadas para promover o desenvolvimento da verdade e da santidade no mundo. Ele lhes reclama o reconhecimento, a veneração e o amor pela contínua bondade e as infinitas misericórdias que lhes dispensa. Com justiça requer obediência a Suas leis e a todos os sábios regulamentos que restringirão a mocidade e a salvaguardarão dos ardis de Satanás, conduzindo-os aos caminhos da paz. Se os jovens pudessem ver que, submetendo-se às leis e aos regulamentos de nossas instituições estão apenas fazendo aquilo que melhorará sua posição na sociedade, aperfeiçoar-lhes-á o caráter, enobrecerá o espírito e acrescentará sua felicidade, não se rebelariam contra regras justas e exigências sãs, nem se empenhariam em suscitar suspeitas e preconceitos contra essas instituições. Nossa mocidade deve possuir um espírito de energia e fidelidade para satisfazer às exigências que lhes são feitas, o que será garantia de êxito para eles. O caráter desenfreado e descuidoso de muitos dos jovens deste século, é coisa pungente. A culpa recai em grande parte sobre os pais, em casa. Sem o temor de Deus, ninguém será verdadeiramente feliz. ------------------------Capítulo 100 -- A santidade dos votos TS1 541 1 A breve mas terrível história de Ananias e Safira foi traçada pela pena da inspiração para benefício de todos quantos professam ser seguidores de Cristo. Essa importante lição não tem penetrado suficientemente no espírito de nosso povo. Seria proveitoso para todos considerarem refletidamente a natureza da séria ofensa pela qual esses culpados foram postos como exemplo. Essa assinalada demonstração da justiça retribuidora de Deus, é terrível, e deve levar todos a temerem e tremerem de repetir pecados que trouxeram tal punição. O egoísmo, eis o grande pecado que deformara o caráter desse culpado casal. TS1 541 2 Juntamente com outros, Ananias e sua esposa Safira haviam tido o privilégio de ouvir o evangelho pregado pelos apóstolos. O poder de Deus apoiava a palavra falada, apoderando-se de todos os presentes profunda convicção. A enternecedora influência da graça de Deus tivera sobre o coração deles o efeito de libertá-los do seu apego egoísta às posses terrenas. Enquanto se achavam sob a direta influência do Espírito de Deus, fizeram o voto de dar ao Senhor certas terras; ao dissipar-se, porém, essa influência celeste, a impressão era menos forte, e eles começaram a duvidar e a recuar do cumprimento do voto que haviam feito. Pensaram que haviam sido muito precipitados, e queriam reconsiderar o assunto. Abriu-se assim uma porta pela qual Satanás entrou imediatamente, tomando-lhes posse da mente. TS1 541 3 Esse caso deve ser uma advertência a todos para que se guardem da primeira aproximação de Satanás. Primeiro, foi nutrida a cobiça; depois, envergonhados de que os irmãos soubessem que sua alma egoísta tinha má vontade de dar aquilo que haviam solenemente consagrado e prometido a Deus, foi praticado o engano. Consideraram o assunto juntos, e decidiram deliberadamente reter parte do preço da herdade. Quando convictos de sua falsidade, o castigo deles foi morte instantânea. Sabiam que o Senhor, a quem haviam defraudado, havia-os achado; pois Pedro disse: "Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus." Atos dos Apóstolos 5:3, 4. TS1 542 1 Era necessário um exemplo especial a fim de guardar a jovem igreja de ficar desmoralizada; pois seu número crescia rapidamente. Era assim dada a todos os que professavam a Cristo naquele tempo, e a todos os que houvessem de professar-Lhe o nome posteriormente, a advertência de que Deus exige fidelidade no cumprimento dos votos. Não obstante esse assinalado castigo do engano e da mentira, no entanto, os mesmos pecados têm sido muitas vezes repetidos na igreja cristã, e se acham largamente disseminados em nossos dias. Foi-me mostrado que Deus deu esse exemplo como advertência a todos os que fossem tentados a proceder semelhantemente. O egoísmo e a fraude são diariamente praticados na igreja no reter de Deus aquilo que Ele reclama, roubando-O assim, e entravando Suas disposições para difundir a luz e o conhecimento da verdade pela extensão e largura da Terra. Manter a obra de Deus TS1 542 2 Em Seus sábios planos, Deus fez com que o progresso de Sua obra fosse dependente dos esforços pessoais de Seu povo, e de suas ofertas voluntárias. Aceitando a cooperação do homem no grande plano da salvação, conferiu-lhe insigne honra. O pastor não pode pregar a menos que seja enviado. A obra de comunicar a luz não depende unicamente do pastor. Toda pessoa, ao tornar-se membro da igreja, compromete-se a ser representante de Cristo mediante o viver a verdade que professa. Os seguidores de Cristo devem levar avante a obra que Ele lhes deixou a fazer quando ascendeu ao Céu. TS1 543 1 Importa que se apóiem as instituições que são instrumentos de Deus no promover Sua obra na Terra. Devem-se construir igrejas, estabelecer escolas, e aparelhar as casas editoras com os meios necessários à realização de uma grande obra na publicação da verdade a ser propagada por todas as partes do mundo. Essas instituições são ordenadas por Deus, e devem ser mantidas com dízimos e ofertas liberais. À medida que a obra se dilata, necessitar-se-ão de meios para que ela avance em todos os seus ramos. Os que se converteram à verdade e se fizeram participantes de Sua graça, podem tornar-se coobreiros de Cristo mediante sacrifícios e ofertas a Ele feitos voluntariamente. E quando os membros da igreja desejam, em seu coração, que não haja mais pedidos de meios, estão na realidade dizendo que ficam satisfeitos com a falta de progresso da causa de Deus. O caso de Jacó TS1 543 2 "E Jacó votou um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestidos para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus; e esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo." Gênesis 28:20-22. As circunstâncias que moveram Jacó a fazer este voto ao Senhor eram idênticas às que levam homens e mulheres a fazerem votos a Deus em nossos dias. Por meio de uma ação pecaminosa, obtivera a bênção que, ele sabia, lhe fora prometida pela firme palavra de Deus. Assim fazendo, manifestara grande falta de fé no poder de Deus para realizar Seus desígnios, por mais desanimadoras que fossem as aparências no momento. Em vez de colocar-se na posição que ambicionara, viu-se obrigado a fugir para salvar a vida da ira de Esaú. Levando consigo apenas um cajado, devia atravessar centenas de quilômetros por uma região deserta. Desfaleceu-lhe o ânimo, e sentiu-se tomado de remorsos e timidez, buscando evitar os homens, a fim de que o irmão irado não lhe viesse a descobrir a pista. Não possuía a paz de Deus a confortá-lo; pois atormentava-o a idéia de haver perdido a proteção divina. TS1 544 1 Vai declinando o segundo dia de sua jornada. Jacó sente-se fatigado, com fome, sem lar, e julga-se desamparado por Deus. Sabia haver trazido isto sobre si mesmo em conseqüência de seu errado procedimento. Envolvem-no as sombras do desespero, e sente-se como um rejeitado. O coração é-lhe invadido de indizível terror, e mal ousa fazer sua oração. Está, porém, tão solitário, que sente, como nunca dantes, a necessidade da proteção divina. Chora, e confessa diante de Deus o seu pecado, e roga uma prova de que Ele o não tenha desamparado por completo. O coração opresso, no entanto, não encontra alívio. Perdera toda a confiança em si mesmo, e teme que o Deus de seus pais o haja rejeitado. Mas Deus, o misericordioso Deus, Se compadece daquele homem desolado, tomado de dor, que faz das pedras seu travesseiro, e não tem por cobertura senão a abóbada celeste. TS1 544 2 Numa visão da noite, viu ele uma escada mística, cuja base descansava na Terra, e cujo topo tocava o Céu, para além das estrelas. Anjos mensageiros subiam e desciam por essa escada de brilho refulgente, indicando-lhe o meio de comunicação entre a Terra e o Céu. E aos seus ouvidos chega uma voz que lhe renova a promessa de misericórdia e proteção e de bênçãos futuras. Quando Jacó despertou desse sonho, disse: "Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia." Gênesis 28:16. Olhou em volta de si como se esperasse ver os mensageiros celestes; mas seu olhar ansioso, errante, não divisou senão o indeciso contorno dos objetos terrestres, e em cima o céu repleto de estrelas cintilantes. A escada e os luminosos mensageiros haviam desaparecido, e só com a imaginação podia ele ver a gloriosa Majestade do alto. TS1 544 3 Jacó ficou tomado de respeito diante do profundo silêncio da noite, e sentiu a vívida impressão de que se achava na imediata presença de Deus. O coração encheu-se-lhe de gratidão por não haver sido destruído. Não pôde mais conciliar o sono aquela noite; um profundo e fervoroso reconhecimento, impregnado de santa alegria, invadiu-lhe a alma. "Então levantou-se Jacó pela manhã de madrugada, e tomou a pedra que tinha posto por sua cabeceira, e a pôs por coluna, e derramou azeite em cima dela." Gênesis 28:18. E ali fez ele seu voto solene a Deus. A manutenção do voto TS1 545 1 Jacó fez seu voto enquanto se achava refrigerado pelos orvalhos da graça, e revigorado pela presença e afirmação da promessa de Deus. Após haver-se dissipado a glória divina, teve tentações, como os homens de nossos tempos; foi no entanto fiel ao voto que fizera, e não abrigou pensamentos quanto à possibilidade de ser libertado do que prometera. Poderia haver raciocinado em grande parte como o fazem hoje os homens, que aquela revelação fora apenas um sonho, que ele estava indevidamente emocionado quando fizera o voto, e que portanto não era necessário guardá-lo; mas assim não fez. TS1 545 2 Longos foram os anos transcorridos até que Jacó ousasse volver a seu país; ao fazê-lo, porém, desempenhou-se fielmente de sua dívida para com o Senhor. Tornara-se rico, e grande soma de seus bens passou ao tesouro de Deus. TS1 545 3 Muitos falham hoje no ponto em que Jacó teve êxito. Aqueles a quem Deus tem dado mais, têm mais forte inclinação de reter o que possuem, visto deverem dar importância proporcional a seus bens. Jacó deu o dízimo de tudo quanto possuía, e depois calculou o dízimo que usara, e deu ao Senhor o benefício daquilo que estivera usando para o próprio proveito durante o tempo em que estivera em terra pagã, e não pudera pagar seu voto. Isto representava uma grande soma; no entanto ele não hesitou; o que votara ao Senhor, não considerava como seu, mas do Senhor. Segundo Deus havia prosperado TS1 545 4 Segundo a importância concedida, será a soma requerida. Quanto maior o capital confiado, tanto maior a dádiva que Deus requer Lhe seja devolvida. Caso um cristão possua dez ou vinte mil dólares, os direitos de Deus sobre ele são imperativos no sentido de dar, não somente a proporção relativa ao sistema dizimal, mas de apresentar-Lhe as ofertas pelo pecado e as ofertas de gratidão. A dispensação levítica se caracterizava notadamente pela santificação da propriedade. TS1 546 1 Quando falamos do dízimo como a norma de contribuição dos judeus para fins religiosos, não falamos com compreensão. O Senhor colocava Seus direitos como o primeiro dever, e em quase todos os artigos era-lhes lembrado o Doador mediante o preceito de fazer-Lhe devoluções. Exigia-se-lhes que pagassem o resgate dos primogênitos, das primícias dos rebanhos e das colheitas. Cumpria-lhes deixar os cantos de suas searas para os destituídos de bens. Qualquer coisa que lhes caísse das mãos ao fazerem a sega, era deixado para os pobres, e a cada sete anos, as terras deviam ser deixadas livres, ficando para os necessitados o que elas produzissem espontaneamente. Além disso havia as ofertas sacrificais, ofertas por ofensas, ofertas pelo pecado, e a remissão, a cada sete anos, de todas as dívidas. Havia também numerosas despesas com hospitalidades e dádivas aos pobres, e havia impostos sobre suas propriedades. TS1 546 2 A determinados períodos, a fim de conservar a integridade da lei, o povo era entrevistado quanto a sua fidelidade no cumprimento dos votos que haviam feito. Uma conscienciosa minoria devolvia a Deus cerca de um terço de toda a sua renda para benefício dos interesses religiosos e dos pobres. Essas exigências não se limitavam a uma classe particular do povo, tocavam a todos, sendo proporcionais às posses da pessoa. Além de todos esses donativos sistemáticos e regulares, havia objetivos especiais que pediam ofertas voluntárias, como para o tabernáculo construído no deserto, e o templo erigido em Jerusalém. Esses pedidos vinham de Deus até o povo, e tanto serviam para a manutenção de Seu serviço quanto para o próprio bem deles. Despertamento para o dever TS1 547 1 Importa que haja entre nós, como um povo, um despertamento nessa questão. Poucos são os homens que sentem doer a consciência se negligenciarem o dever quanto à beneficência. Poucos, apenas, são possuídos de remorso por roubarem diariamente a Deus. Caso um cristão deliberada ou acidentalmente pague menos do que é devido a seu próximo, ou se recuse a liqüidar uma dívida honesta, sua consciência, a menos que se ache cauterizada, há de perturbá-lo; ele não pode sossegar, ainda que ninguém seja sabedor do fato senão ele próprio. Há muitos votos negligenciados e promessas por pagar, e no entanto quão poucos sentem a consciência turbada por causa disso! Quão poucos experimentam o sentimento de culpa por essa violação do dever! Precisamos sentir novas e mais profundas convicções a esse respeito. A consciência precisa ser despertada, e examinar-se o assunto com diligente atenção; pois no último dia ter-se-á de prestar contas a Deus, e Seus direitos serão apurados. TS1 547 2 As responsabilidades do comerciante cristão, seja grande ou pequeno seu capital, estarão em exata proporção aos dons por ele recebidos de Deus. O engano das riquezas tem arruinado a milhares e dezenas de milhares. Esses ricos se esquecem de que são mordomos, e que se aproxima rapidamente o dia em que lhe será dito: "Dá contas da tua mordomia." Lucas 16:2. Como nos é mostrado pela parábola dos talentos, todo homem é responsável pelo sábio emprego dos dons que lhe foram concedidos. O pobre homem da parábola, por ter o dom menor, sentiu ser menor a responsabilidade e não pôs em uso o talento que lhe fora confiado; portanto foi lançado nas trevas exteriores. TS1 547 3 Disse Cristo: "Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!" Marcos 10:23. E os discípulos pasmaram de Sua doutrina. Quando um pastor que tem trabalhado com êxito no ganhar almas para Jesus Cristo abandona sua sagrada obra a fim de adquirir lucro temporal, é chamado apóstata, e será responsável diante de Deus pelos talentos que aplicou mal. Quando homens de negócios, fazendeiros, mecânicos, comerciantes, advogados, etc., tornam-se membros da igreja, passam a ser servos de Cristo; e embora seus talentos sejam inteiramente diversos, a responsabilidade que lhes cabe de promover a obra de Deus mediante o esforço pessoal e com seus meios, não é inferior à do pastor. O ai que cairá sobre o pastor caso ele não pregue o evangelho, cairá sobre o comerciante tão seguramente como sobre o pastor, se ele, com seus diversos talentos, não for um cooperador de Cristo em produzir os mesmos resultados. Ao ser isto acentuado individualmente, alguns dirão: "Duro é esse discurso"; no entanto é verdadeiro, se bem que de contínuo contrariado pela prática de pessoas que professam ser seguidoras de Cristo. A igualdade da doação sistemática TS1 548 1 Deus proveu pão para Seu povo no deserto mediante um milagre de misericórdia, e poderia haver provido tudo quanto era necessário para a cerimônia religiosa; não o fez, porém, porque em Sua infinita sabedoria, viu que a disciplina moral de Seu povo dependia de eles cooperarem com Ele, cada um fazendo alguma coisa. Enquanto a verdade for progressiva, vigoram sobre os homens as reivindicações de Deus, no que respeita a dar daquilo que Ele lhes concedeu para esse fim. Deus, o Criador do homem, instituindo o plano da doação sistemática, fez com que a obra pesasse igualmente sobre todos, segundo as diversas aptidões que possuem. TS1 548 2 Cada um tem de decidir suas próprias contribuições, sendo deixado na liberdade de dar segundo se propôs em seu coração. Existem, porém, pessoas culpadas do mesmo pecado de Ananias e Safira, pensando que, se eles retêm uma parte daquilo que Deus lhes requer no sistema do dízimo, os irmãos nunca o virão a saber. Isto pensou o culpado casal cujo exemplo nos é dado como advertência. Nesse caso, Deus prova que Ele sonda o coração. Os motivos e desígnios do homem não se Lhe podem encobrir. Ele deixou perpétua advertência aos cristãos de todas as épocas a fim de estarem alerta contra o pecado a que o coração humano está sempre inclinado. TS1 549 1 Embora não sejam notadas hoje as demonstrações do desagrado de Deus às repetições do pecado de Ananias e Safira, o mesmo pecado é tão odioso aos olhos de Deus como então, e será com a mesma certeza cobrado do transgressor no dia do juízo; e muitos sentirão a maldição de Deus mesmo nesta vida. Quando se faz uma promessa à causa, isso é um voto feito a Deus, e deve ser mantido como sagrado. À vista de Deus não é nada menos que sacrilégio aproveitar-nos para o próprio uso, daquilo que foi uma vez votado para promover Sua sagrada obra. A santidade dos compromissos TS1 549 2 Quando um compromisso verbal ou escrito foi tomado em presença de nossos irmãos, de dar determinada importância, eles são as testemunhas visíveis de um contrato feito entre nós e Deus. A promessa não foi feita ao homem, mas a Deus, e é como uma nota escrita dada a um próximo. Nenhuma letra legal é mais obrigatória para um cristão quanto ao pagamento do dinheiro, do que uma promessa feita ao Senhor. TS1 549 3 As pessoas que assim se comprometem com seus semelhantes, não pensam em geral em pedir libertação dos compromissos. Um voto feito a Deus, doador de todas as dádivas, é ainda de maior importância; então, por que havemos nós de buscar ser dispensados de nossos votos a Deus? Considerará o homem seu voto menos obrigatório pelo fato de ser feito ao Senhor? Por que esse voto não será levado a juízo nos tribunais de justiça, é ele menos válido? Há de um homem que professa estar salvo pelo sangue do infinito sacrifício de Jesus Cristo "roubar a Deus"? Não são seus votos e suas ações pesados nas balanças da justiça nas cortes celestes? TS1 549 4 Cada um de nós tem um caso pendente no tribunal do Céu. Há de a direção de nossa vida contrabalançar as provas que nos são contrárias? O caso de Ananias e Safira foi do mais agravante caráter. Guardando parte do preço, mentiram ao Espírito Santo. Da mesma maneira, pesam culpas sobre todo indivíduo, proporcionalmente às ofensas dessa natureza. TS1 550 1 Quando o coração dos homens é abrandado pela presença do Espírito de Deus, eles são mais susceptíveis às impressões do Espírito Santo, e tomam resoluções no sentido de negar ao próprio eu e sacrificar-se pela causa de Deus. É quando a luz divina ilumina o mais íntimo do espírito com clareza e poder incomuns, que os sentimentos do homem natural são vencidos, que o egoísmo perde sua força sobre o coração, e despertam-se desejos de imitar o Modelo, Jesus Cristo, no exercer beneficência e abnegação. A disposição do homem naturalmente egoísta, torna-se assim bondosa e compassiva para com os pecadores perdidos, e ele faz um voto solene a Deus, como fizeram Abraão e Jacó. Nessas ocasiões acham-se presentes anjos celestes. O amor para com Deus e as almas triunfa sobre o egoísmo e sobre o amor do mundo. Isso, especialmente, quando o pregador, no Espírito e poder de Deus, apresenta o plano da redenção, estabelecido pela Majestade do Céu no sacrifício da cruz. Podemos ver, pelos textos seguintes, como o Senhor considera a questão dos votos: TS1 550 2 "E falou Moisés aos cabeças das tribos dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o Senhor tem ordenado: Quando um homem fizer voto ao Senhor, ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que saiu da sua boca, fará." Números 30:1, 2. "Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas diante do anjo que foi erro; por que razão Se iraria Deus contra a tua voz, de sorte que destruísse a obra das tuas mãos?" Eclesiastes 5:6. "Entrarei em Tua casa com holocaustos; pagar-Te-ei os meus votos, que haviam pronunciado os meus lábios, e dissera a minha boca, quando eu estava na angústia." Salmos 66:13, 14. "Laço é para o homem dizer precipitadamente: É santo; e, feitos os votos, então inquirir." Provérbios 20:25. "Quando votares algum voto ao Senhor teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o Senhor teu Deus certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Porém, abstendo-te de votar, não haverá pecado em ti. O que saiu da tua boca guardarás, e o farás; mesmo a oferta voluntária, assim como votaste ao Senhor teu Deus, e o declaraste pela tua boca." Deuteronômio 23:21-23. TS1 551 1 "Fazei votos, e pagai ao Senhor, vosso Deus; tragam presentes, os que estão em redor dele, Àquele que é tremendo." Salmos 76:11. "Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, a sua comida, é desprezível. E dizeis: Eis aqui, que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos Exércitos; vós ofereceis o roubado, e o coxo e o enfermo; assim fazeis a oferta. Ser-Me-á aceito isto de vossa mão? diz o Senhor. Pois maldito seja o enganador que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque Eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o Meu nome será tremendo entre as nações." Malaquias 1:12-14. TS1 551 2 "Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não Se agrada de tolos. O que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votes e não pagues." Eclesiastes 5:4, 5. TS1 551 3 Deus deu ao homem uma parte em efetuar a salvação de seus semelhantes. Ele pode operar em ligação com Cristo, mediante o praticar atos de misericórdia e beneficência. Não os pode redimir, porém, pois não é apto a satisfazer os reclamos da justiça ofendida. Isto, unicamente o Filho de Deus pode fazer, pondo de parte Sua honra e glória, revestindo Sua divindade com a humanidade, e vindo à Terra para Se humilhar a Si mesmo, e derramar o próprio sangue em favor da raça humana. TS1 551 4 Ao comissionar os discípulos a irem "por todo o mundo" e pregarem "o evangelho a toda a criatura" (Marcos 16:15), Cristo designou aos homens a obra de propagarem o evangelho. Enquanto, porém, alguns vão a pregar, Ele pede a outros que Lhe atendam às reivindicações quanto aos dízimos e ofertas com que se possa sustentar o ministério e disseminar a verdade impressa pela Terra inteira. Isto é o meio pelo qual Deus quer exaltar o homem. É justamente a obra de que ele necessita; pois moverá as mais profundas simpatias de seu coração, chamando à ação as mais elevadas faculdades do espírito. O homem, instrumento de Deus TS1 552 1 Tudo quanto na Terra existe de bom, foi aqui colocado pela generosa mão de Deus, como expressão do amor que vota ao homem. Os pobres são Seus, e Sua é a causa da religião. Ele pôs meios nas mãos dos homens, para que Seus divinos dons manem por intermédio de condutos humanos no realizar a obra a nós designada em salvar nossos semelhantes. Cada um tem uma tarefa assinalada no grande campo; e todavia ninguém devia conceber a idéia de que o Senhor depende do homem. Ele poderia proferir a palavra, e todo filho da pobreza ser enriquecido. Num momento poderia Ele curar a raça humana de todas as suas doenças. Poderia dispensar todos os pastores, e tornar os anjos embaixadores de Sua verdade. Poderia haver escrito a verdade no firmamento, ou impresso nas folhas das árvores e nas flores do campo; ou poderia, com voz audível, havê-la proclamado do Céu. O onisciente Deus, no entanto, não escolheu nenhum desses meios. Sabia que o homem precisava de ter algo a fazer de modo a que a vida lhe fosse uma bênção. O ouro e a prata pertencem ao Senhor, e ser-Lhe-ia possível fazer chover os mesmos do Céu, se assim quisesse; em lugar disto, no entanto, Ele fez o homem Seu mordomo, confiando-lhe meios, não para serem amontoados, mas empregados em beneficio dos outros. Assim torna Ele o homem o instrumento pelo qual distribui Suas bênçãos na Terra. Deus planejou o sistema de beneficência a fim de que o homem se tornasse como seu Criador, benfazejo e de caráter altruísta, vindo a ser afinal participante com Ele da recompensa eterna e gloriosa. TS1 552 2 Deus opera por meio de instrumentos humanos; e quem quer que desperte a consciência dos homens, induzindo-os às boas obras e ao real interesse no avançamento da causa da verdade, não o faz por si mesmo, mas pelo Espírito de Deus a operar nele. As promessas feitas em tais circunstâncias são de um caráter sagrado, sendo o fruto da operação do Espírito do Senhor. Ao serem esses compromissos satisfeitos, o Céu aceita a oferta, e esses obreiros liberais são creditados pela importância investida no banco celeste. Os que assim procedem estão pondo um bom fundamento contra o tempo por vir, de modo a lançarem mão da vida eterna. TS1 553 1 Quando, porém, a imediata presença do Espírito de Deus não é tão vividamente sentida, e a mente fica exercitada nos interesses temporais da vida, eles são tentados a duvidar da validade da obrigação que voluntariamente assumiram; e, cedendo às sugestões de Satanás, raciocinam que houve sobre eles indevida pressão, e que agiram sob a agitação do momento; que as necessidades de meios para uso da causa de Deus foram exageradas; e que foram induzidos a comprometer-se movidos por falsos motivos, sem compreenderem bem o assunto, e portanto desejam ser dispensados. Têm os pastores poder para aceitar suas desculpas, e dizer: "O irmão não ficará preso a sua promessa; está livre de seu voto"? Caso ousem fazer isso, tornam-se participantes do pecado daquele que retém o que prometeu. ... TS1 553 2 A igreja é responsável pelos compromissos de seus membros individuais. Uma vez que vejam que um irmão está negligenciando cumprir seus votos, devem trabalhar bondosa e claramente com ele. Caso o irmão não esteja em condições de pagar seu voto, e seja um membro digno e de coração voluntário, ajude-o então a igreja compassivamente. Assim poderão transpor a dificuldade, e receber eles próprios uma bênção. TS1 553 3 Deus quer que os membros de Sua igreja considerem seus compromissos para com Ele tão obrigatórios como as dívidas que tenham no comércio. Que todos passem em revista sua vida passada, e vejam se não há quaisquer compromissos por pagar e redimir, os quais foram negligenciados, fazendo então especiais esforços para pagar até "ao último ceitil" (Mateus 5:26); pois havemos todos de enfrentar e suportar a decisão final de um tribunal a cuja prova só poderão resistir a integridade e a veracidade. ------------------------Capítulo 101 -- Testamentos e legados TS1 554 1 "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam." Mateus 6:19, 20. O egoísmo é um pecado que destrói a alma. A esta classe pertence a cobiça, que é idolatria. Todas as coisas pertencem a Deus. Toda a prosperidade de que desfrutamos é o resultado da beneficência divina. Deus é o grande e generoso Doador. Se Ele, pois, requer uma parte qualquer do que nos tem dado em abundância, não é para com isso Se enriquecer com as nossas dádivas, pois nada necessita de nossas mãos. Seu objetivo é dar-nos oportunidade de exercer abnegação, amor e simpatia para com os nossos semelhantes, e sermos desse modo grandemente elevados. TS1 554 2 Em cada dispensação, desde os dias de Adão até hoje, Deus tem reivindicado o homem como propriedade Sua, dizendo: Eu sou o legítimo dono do Universo; por isso pede que Me consagrem suas primícias, tragam um tributo de lealdade, entreguem a Mim o que é Meu, reconhecendo assim a Minha soberania, então serão livres para preservar e desfrutar Minha generosidade, e Minha bênção estará com vocês. "Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda." Provérbios 3:9. TS1 554 3 As reivindicações de Deus têm a primazia. Não fazemos Sua vontade quando Lhe consagramos aquilo que resta depois de suprir nossas supostas necessidades. Antes de gastarmos uma só parcela de nossos rendimentos devemos separar e oferecer a Deus a parte que de nós requer. Na velha dispensação uma oferta em ações de graças era conservada sempre queimando sobre o altar, evidenciando assim a eterna obrigação em que estamos para com Deus. Se somos prósperos em nossos negócios seculares, é porque Deus nos abençoa. Uma parte de nossa renda deve ser consagrada aos pobres e uma grande parte à causa de Deus. Se dermos a Deus o que Ele pede, o restante será santificado e abençoado em proveito nosso. Porém, se alguém rouba a Deus retendo a parte que Ele requer, a maldição recai sobre tudo que possui. TS1 555 1 Deus constitui os seres humanos como condutos através dos quais devem fluir os recursos para custear a obra que pretende realizar no mundo. Conferiu-lhes bens que deverão saber usar sabiamente, não os acumulando egoistamente ou empregando-os no luxo e em satisfazer a si próprios, quer no vestuário quer no adorno de sua casa. Confiou-lhes recursos para com eles suprir as necessidades de Seus servos que trabalham como missionários e pregadores, e para manter as instituições que Ele estabeleceu entre nós. TS1 555 2 Os que se regozijam na preciosa luz da verdade devem experimentar um desejo ardente de enviá-la a toda parte. Temos alguns fiéis porta-bandeiras que nunca se esquivam a seus deveres nem evitam responsabilidades. Seu coração e bolsa estão sempre abertos a todo pedido de recursos para promover a causa de Deus. Com efeito, alguns parece até excederem a justa medida de sua obrigação, como que receando perder a oportunidade de depositar sua parte no banco do Céu. TS1 555 3 Há outros que fazem o mínimo possível. Esses, se não acumulam seus bens, os dissipam, só contribuindo relutantemente com uma pequena parte para a obra de Deus. Quando fazem uma promessa ou voto a Deus, arrependem-se mais tarde, e protelam o pagamento tanto quanto podem, ou não pagam. Calculam o dízimo o mais escassamente possível, como se considerassem perdido o que restituem a Deus. Podem as nossas várias instituições sentir-se embaraçadas por falta de recursos, mas continuam se portando como se não lhes importasse a sua subsistência. E, contudo, são instrumentos pelos quais Deus Se propõe iluminar o mundo! Mordomia dos idosos TS1 556 1 Essas instituições não recebem, como outras do mesmo ramo, doações ou legados. E contudo Deus as tem abençoado e feito prosperar grandemente, servindo-Se delas para a realização de grande bem. Há pessoas de idade entre nós que estão se aproximando do término de seu tempo de graça, mas por falta de homens inteligentes que saibam assegurar as propriedades dessas pessoas para a obra de Deus, elas passam para as mãos dos que servem a Satanás. Esses recursos lhes foram apenas emprestados por Deus para Lhe serem devolvidos, mas em nove casos dentre dez esses irmãos ao cessarem seu período de atividade dispõem da propriedade de Deus de um modo que não O glorifica, pois nem um centavo da mesma jamais irá para a tesouraria do Senhor. Nalguns casos esses irmãos aparentemente bons tiveram conselheiros não consagrados, que os aconselharam segundo seu ponto de vista e não de acordo com o pensamento de Deus. Muitas vezes os bens são legados a filhos ou netos apenas para seu próprio prejuízo. Eles não têm amor por Deus ou pela verdade, e por isso todos esses bens que pertencem a Deus, passam para as fileiras de Satanás para serem controlados por ele. Satanás é muito mais vigilante, perspicaz e hábil para conseguir recursos para si do que são os nossos irmãos para assegurar a propriedade de Deus para Sua obra. Muitos testamentos foram feitos de modo tão vago que não tiveram validade perante a lei, e deste modo grandes somas para a causa foram perdidas. Nossos irmãos devem reconhecer que sobre eles, como fiéis servos na causa de Deus, pesa a responsabilidade de agir prudentemente nesses casos, a fim de assegurar para o Senhor o que Lhe pertence. TS1 556 2 Muitos manifestam nesse aspecto uma delicadeza descabida. Procedem como se estivessem pisando terreno proibido quando apresentam a pessoas de idade avançada ou inválidos o assunto de seus bens, a fim de saber como pretendem dispor deles. Entretanto é este um dever tão sagrado como pregar o Evangelho para a salvação de almas. Consideremos uma pessoa que tem dinheiro e propriedades de Deus em suas mãos. Ela está prestes a transferir sua mordomia. Colocará ela os recursos, que de Deus recebeu emprestados para serem usados em Sua obra, nas mãos de ímpios, simplesmente por serem estes seus parentes? Não devem homens cristãos tomar o devido interesse e experimentar ansiedade, tanto pelo bem-estar futuro dessa pessoa como pelos interesses da causa de Deus, a fim de que disponha retamente dos bens de seu Senhor -- os talentos que lhe foram confiados para sábio uso? Quererão seus irmãos que o assistem, vê-la deixar esta vida, ao mesmo tempo privando de recursos a tesouraria de Deus? Isto significaria uma perda tremenda para ela e para a causa; porque, abandonando seus talentos nas mãos de indivíduos que não têm nenhuma consideração pela verdade divina, de caso pensado coloca os talentos em um lenço e os esconde na terra. TS1 557 1 Deus deseja que Seus seguidores disponham pessoalmente de seus bens, enquanto isto lhes seja possível. Dirá alguém: "Temos porventura de renunciar a tudo que consideramos nossa propriedade?" Pode isto não nos ser exigido ainda, mas devemos estar prontos a fazê-lo por amor de Cristo. Devemos reconhecer que nossas propriedades são totalmente Suas, e usá-las liberalmente quando o progresso da obra o exigir. TS1 557 2 Muitos fecham os ouvidos aos pedidos de dinheiro para enviar missionários ao estrangeiro, e para a difusão da verdade por meio de impressos que devem ser espalhados por todo o mundo como folhas de outono. Essas pessoas justificam sua avareza, alegando que tomaram disposições que deverão revelar sua caridade por ocasião da morte. Na disposição de sua última vontade, contemplaram a obra de Deus. Por isso conduzem uma vida de avareza, roubam a Deus nos dízimos e ofertas, e pelo seu testamento Lhe restituem apenas pequena parte do que lhes confiou, enquanto a parte maior reverte para os parentes, que não tomam nenhum interesse pela verdade. Constitui esta uma das piores formas de roubo. Roubam a Deus daquilo que Lhe devem, e isto não só durante a vida mas também na morte. É loucura adiar TS1 557 3 É completa loucura deixar até quase à hora da morte a preparação para a vida futura. É também um erro grave protelar a resposta aos apelos de liberalidade para a obra de Deus, até o tempo de transferir a outros a mordomia. Aqueles a quem confiarem os talentos que de Deus receberam podem não administrá-los assim como vós o tendes feito. Como poderão pessoas abastadas arriscar-se a tanto? Os que esperam até à hora da morte para dispor sobre seus bens, parece que o fazem mais por causa da morte do que por amor a Deus. Assim procedendo, muitos estão agindo em oposição direta ao plano que Deus estabeleceu em Sua Palavra. Se quiserem fazer bem, devem aproveitar os preciosos momentos do presente, e empenhar todos os esforços, como que temendo perder a oportunidade favorável para o fazer. TS1 558 1 Os que negligenciam deveres de que estão perfeitamente inteirados, deixando de corresponder às reivindicações que Deus lhes faz nesta vida, e procurando acalmar a consciência com o propósito de por ocasião de sua morte estabelecer um legado, não receberão da parte do Mestre palavras de aprovação nem recompensa. Eles não praticaram abnegação, mas retiveram egoistamente seus recursos enquanto puderam, renunciando-os só quando a morte os levou. Se fossem cristãos verdadeiros, praticariam em vida, estando ainda sãos e fortes, o que transferem até estarem prestes a morrer. Dedicariam a Deus o próprio ser e o que possuem, e conquanto agindo como Seus mordomos, teriam a satisfação de estar cumprindo seu dever. Como executores de seus próprios testamentos poderiam por si mesmos satisfazer às reivindicações divinas, em vez de deixar a responsabilidade disso a outros. TS1 558 2 Devemos considerar-nos despenseiros da propriedade do Senhor, e a Deus como Proprietário absoluto, a quem devemos entregar o que é Seu, quando Ele o requer. Quando Ele vier para receber com juros o que Lhe pertence, os cobiçosos se persuadirão de que, em vez de ter multiplicado seus talentos, acarretaram sobre si mesmos a condenação pronunciada contra o servo mau e infiel. TS1 558 3 O Senhor deseja que a morte de Seus servos seja sentida como uma perda por causa da boa influência que exerceram e das muitas ofertas voluntárias que entregaram para abastecer o tesouro de Deus. Legados deixados ao morrer são uma miserável compensação da beneficência que se deveria praticar em vida. Os servos de Deus devem fazer seus legados todos os dias por meio de boas obras e ofertas liberais ao Senhor. Não devem contentar-se com dar a Deus uma porção desproporcionadamente pequena, em comparação ao que gastam consigo mesmos. Dispondo de seus bens cada dia, lembrarão dos objetivos e amigos que maior lugar ocupam em suas afeições. Seu melhor amigo é Cristo. Ele não lhes negou a própria vida, e por amor deles Se fez pobre para que por Ele enriquecessem. Merece, portanto, todo o nosso coração, nossos bens, tudo quanto temos e somos. TS1 559 1 Mas muitos supostos cristãos protelam em vida as reivindicações de Jesus e O insultam na morte, legando-Lhe uma parte mesquinha de seus bens. Lembrem-se todos que estiverem nessa classe de que essa maneira de roubar a Deus não é um ato impulsivo, mas um plano premeditado que eles prefaciam dizendo: "Estando em pleno uso de suas faculdades mentais". Depois de haverem defraudado a obra de Deus durante a vida, perpetuam essa fraude após a morte e com pleno apoio de todas as faculdades mentais. Tal testamento muitos consideram um suave travesseiro em que reclinar a cabeça na hora da morte. Representa uma espécie de preparação para a morte, e é arranjado de modo que seus bens não os perturbem ao exalarem o último alento. Poderão essas pessoas descansar tranqüilamente a respeito das contas que lhes hão de ser pedidas de sua mordomia? TS1 559 2 Devemos ser todos ricos em boas obras, se queremos garantir-nos a vida futura e imortal. Quando o juízo se instituir e os livros forem abertos, cada qual será julgado e recompensado segundo as suas obras. Muitos nomes que estão inscritos nos livros da igreja, estão arrolados no livro de registro do Céu como "defraudadores". E a menos que essas pessoas se arrependam, e trabalhem para o Mestre com desinteressada benevolência, hão de compartilhar a sorte do mordomo infiel. TS1 559 3 Sucede muitas vezes que um ativo homem de negócios é arrebatado pela morte sem prévio aviso, e acharem-se seus negócios em condição embaraçosa. No empenho de pô-los em ordem, uma grande parte dos bens dessa pessoa, senão tudo, é consumida em honorários aos advogados, ficando a família e a causa de Cristo defraudadas daquilo que lhes seria devido. Os que são fiéis mordomos dos recursos do Senhor saberão exatamente como andam seus negócios e, como homens sensatos, estarão preparados para qualquer emergência. Se porventura seu tempo de graça terminar inesperadamente, não acarretarão tão grandes perplexidades aos que forem incumbidos de acertar seu espólio. TS1 560 1 Muitos não estão informados acerca da questão de fazer o testamento quando se acham ainda aparentemente com saúde. Essa precaução deve, entretanto, ser tomada por nossos irmãos. Devem saber qual sua situação financeira, e não permitir que seus negócios se embaracem. Devem arranjar sua propriedade de tal maneira que a possam deixar a qualquer tempo. TS1 560 2 Os testamentos devem ser feitos de acordo com as prescrições legais. Depois de feitos, eles podem ser conservados durante anos e não causarão prejuízo se continuarem contribuindo para a obra conforme suas necessidades. A morte, meus irmãos, não se antecipará um dia sequer por terem feito seu testamento. Ao dispor de vossos bens por testamento a favor de vossos parentes não vos esqueçais da obra de Deus. Sois Seus instrumentos, incumbidos de zelar por Sua propriedade; e Suas reivindicações devem merecer vossa principal consideração. A esposa e os filhos, naturalmente, não devem ficar ao abandono; provisões devem ser feitas para eles caso necessitem. Não deveis, porém, simplesmente por ser costume, contemplar em vosso testamento uma longa lista de parentes que não estão em necessidade. TS1 560 3 Deveis lembrar-vos sempre de que o atual sistema egoísta de dispor dos bens não é conforme o plano de Deus, mas simplesmente invenção humana. Os cristãos devem ser reformadores e romper com esse sistema, dando uma feição inteiramente nova à maneira de fazer testamentos. Tende sempre presente que é da propriedade de Deus que ides dispor. A vontade divina deve ser lei neste particular. Suponde que alguém vos houvesse instituído executor de seu testamento, acaso não faríeis diligência em inteirar-vos da vontade do testador, a fim de que a menor quantia tivesse sua aplicação justa? Vosso Amigo celestial vos confiou propriedades, manifestando-vos Sua vontade quanto ao modo por que devem ser usadas. Se essa Sua vontade for acatada com coração altruísta, aquilo que pertence a Deus não será mal aplicado. A causa do Senhor tem sido vergonhosamente negligenciada, ao passo que Ele deu aos homens recursos suficientes com que fazer face a todas as emergências, se apenas fossem dotados de coração grato e obediente. Continuar a distribuir sabiamente TS1 561 1 Os que fazem seu testamento, não devem imaginar que acabam aqui suas obrigações, mas sim desenvolver constante atividade, usando seus talentos para o engrandecimento da causa de Deus. Deus delineou planos segundo os quais todos podem cooperar diligentemente na distribuição de seus recursos. Deus não Se propõe sustentar Sua obra por meio de milagres. Ele tem alguns poucos mordomos fiéis, que estão economizando e usando seus recursos para promover Sua obra. A abnegação e a beneficência, longe de constituírem a exceção, deviam ser a regra. As crescentes necessidades da obra de Deus requerem recursos. Chegam-nos constantemente pedidos do país e do estrangeiro, solicitando missionários que lhes ensinem a luz da verdade. Isto significa aumento de obreiros e acréscimo de despesas para sua manutenção. TS1 561 2 Apenas uma pequena soma entra para os tesouros do Senhor, a fim de ser aplicada no trabalho de salvar almas, e é a muito custo que até mesmo essa soma é obtida. Se pudessem ser abertos os olhos de todos, de modo a poderem verificar como a cobiça tem impedido o progresso da obra de Deus, e quanto mais poderia ser realizado se todos agissem de conformidade com o plano divino dos dízimos e ofertas, uma reforma decisiva se notaria da parte de muitos; pois não ousariam impedir o avanço da causa de Deus como até aqui o têm feito. A igreja tem os olhos fechados ao trabalho que poderia fazer, se renunciasse a tudo por amor de Cristo. O verdadeiro espírito de sacrifício seria uma prova da realidade e do poder do evangelho, que o mundo não poderia interpretar mal nem negar, e abundantes bênçãos adviriam daí para a igreja. TS1 562 1 Eu exorto meus irmãos a não mais defraudarem a Deus. A situação de alguns é tal que precisam fazer testamento. Ao fazê-lo, precisam cuidar que não seja legado aos filhos o que deve entrar para o tesouro de Deus. Esses testamentos não raro se tornam um ponto de discórdia e dissensões. Em honra do antigo povo de Deus foi relatado que Ele não Se envergonhou de ser chamado seu Deus; e a razão alegada era que, em vez de buscarem seus próprios interesses e cobiçarem bens terrestres, devotavam a si mesmos e tudo quanto possuíam, ao Senhor. Viviam tão-somente para Sua glória, declarando expressamente que buscavam outra pátria melhor, isto é, a celestial. De tal povo Deus não Se envergonhou. Não O desonravam aos olhos do mundo. A Majestade suprema não desdenhou chamá-los irmãos. A prática da liberalidade TS1 562 2 Há muitos que alegam não poder fazer mais a favor da causa do que estão presentemente fazendo; entretanto, não contribuem de acordo com suas posses. O Senhor muitas vezes lhes abre os olhos, cegados pelo egoísmo, reduzindo-lhes as rendas àquilo que estão dispostos a dar. O gado lhes morre no campo ou no estábulo, a casa ou celeiro é destruído pelo fogo, ou lhes falha a colheita. Em muitos casos Deus prova o homem com bênçãos e, em se manifestando a infidelidade quanto aos dízimos e ofertas, essas bênçãos são retiradas. "O que semeia pouco, pouco também ceifará." 2 Coríntios 9:6. Pela graça de Cristo e pela abundância de Suas misericórdias, e honra da verdade e da religião, nós os exortamos a dedicar de novo a Deus seu ser e a propriedade. Que cada qual, em vista do amor e da compaixão manifestados por Cristo em deixar a corte celeste a fim de sofrer renúncias, humilhação e morte, se proponha esta pergunta: "Quanto devo ao meu Senhor?," permitindo que suas ofertas de gratidão correspondam ao apreço em que têm o dom do Céu, na dádiva do Filho unigênito de Deus. TS1 563 1 Ao determinar a proporção da oferta a dar para a causa de Deus, deve-se de preferência exceder às exigências do dever a não cumpri-las. Considerem a quem a oferta é destinada. Essa reflexão banirá a cobiça. Pensem somente no grande amor com que Cristo nos amou, e a mais preciosa oferta parecerá indigna de Sua aceitação. Se Cristo for o objeto de nossas afeições, os que recebemos a graça do Seu perdão não nos demoraremos a avaliar o preço do vaso de alabastro que contém o precioso ungüento. O cobiçoso Judas foi capaz de tanto, mas o que partilhou a graça da salvação somente lamentará que sua oferta não tenha perfume mais fino e de maior valor. Os cristãos devem considerar-se como simples condutos através dos quais as misericórdias e bênçãos divinas devem transmitir-se da Fonte de toda bondade aos semelhantes, por cuja conversão ondas de glória deveriam reverter ao Céu em louvor e ações de graças pelos que com eles se tornaram participantes do dom celestial. ------------------------Capítulo 102 -- Relações entre os membros da igreja TS1 564 1 Todo indivíduo que se propõe vencer terá de lutar primeiramente contra as próprias fraquezas; e como é muito mais fácil descobrir erros em outros do que em si mesmo, importa haver muito mais cuidado e mais rigor no julgamento dos próprios atos do que nos alheios. TS1 564 2 Todos os membros da igreja, se são filhos e filhas de Deus, terão de se submeter a um processo de disciplina, antes que possam constituir-se luzes neste mundo. Deus não fará condutos de luzes a pessoas que, estando em trevas, se contentam de nelas permanecer, sem fazer nenhum esforço especial para pôr-se em comunicação com a fonte da luz. Os que sentem as suas necessidades e se despertam para nelas meditar profundamente, oram e agem séria e perseverantemente, obterão auxílio de Deus. Há muito a desaprender no que respeita à própria pessoa, como também há muito a aprender. Velhos hábitos e costumes precisam ser renunciados e é somente mediante um esforço sério e persistente para corrigir esses erros, e a prática dos princípios da verdade, que, pela graça divina, a vitória pode ser obtida. TS1 564 3 Desejaria encontrar expressões adequadas para incutir na mente de todos o fato de que nossa única esperança como indivíduos está na comunhão com Deus. Importa conseguirmos pureza de alma; e há ainda muito exame introspectivo a ser feito e muito amor-próprio e obstinação a serem vencidos, que requererá constante e fervorosa oração. Calma e domínio próprio TS1 564 4 Pessoas severas e propensas a censurar, desculpam-se às vezes ou procuram justificar a sua falta de cortesia cristã por que muitos reformadores manifestaram esse mesmo espírito, e alegam que a obra do presente tempo exige espírito idêntico; mas tal não é o caso. Um espírito manso e sob perfeito controle ajusta-se melhor a qualquer meio, mesmo na companhia dos mais rudes. Zelo imprudente não beneficia a ninguém. Deus não escolheu os reformadores porque fossem homens impetuosos e ávidos dominadores. Aceitou-os tal qual eram, a despeito desses traços de caráter; ter-lhes-ia, porém, imposto responsabilidades dez vezes maiores, se tivessem sido humildes e subordinado sempre o espírito ao controle da razão. Embora os ministros de Cristo devam denunciar o pecado e a impiedade, a impureza e hipocrisia, embora algumas vezes sejam chamados a condenar o pecado entre os mais elevados bem como os humildes, expondo-lhes que a indignação de Deus cairá sobre os transgressores de Sua lei, por outro lado não lhes compete ser dominadores ou tirânicos; devem antes manifestar bondade e amor, uma disposição para salvar e não para destruir. TS1 565 1 A longanimidade de Deus ensina aos pastores e membros da igreja que aspiram ser cooperadores de Cristo, lições positivas de paciência e amor. Cristo associou Judas e o impulsivo Pedro a Si, não porque Judas fosse cobiçoso e Pedro impetuoso, mas para que dEle, seu grande Mestre, aprendessem a ser semelhantes a Ele: desinteressados, mansos e humildes de coração. Jesus descobriu traços bons nesses homens. Judas possuía talento financeiro e podia ter sido de grande utilidade à igreja, se tivesse aceito a lição dada por Cristo, repreendendo todo egoísmo, fraude e avareza, mesmo nos negócios de pouca importância. Essas lições foram muitas vezes repetidas: "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito." Lucas 16:10. Estrita integridade TS1 565 2 Nosso Salvador procurou desse modo convencer os ouvintes de que, se alguém tirasse proveito em defraudar o próximo nas coisas mínimas, também faria o mesmo em negócios mais importantes, se tivesse oportunidade. O menor deslize da estrita retidão destrói os obstáculos de ordem moral e predispõe o coração para injustiças maiores. Cristo nos ensinou, por palavra e exemplo, que nosso procedimento para com nossos semelhantes se deve caracterizar pela mais perfeita integridade. "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós." Mateus 7:12. Cristo constantemente destacava e reprovava a conduta errônea dos fariseus. Eles professavam guardar a lei de Deus, contudo os seus atos diários denunciavam a sua iniqüidade. Muitas viúvas e órfãos foram despojados do pouco que possuíam, a fim de satisfazer-lhes a avareza. Judas poderia ter aprendido essas lições, se no seu coração houvesse o desejo de ser reto; mas a avareza venceu e o amor ao dinheiro tornou-se poder dominante. Carregava a bolsa que continha os recursos a serem usados para levar avante a obra de Cristo e da qual, de vez em quando, retirava pequenas quantias para as empregar em proveito próprio. Seu coração egoísta se enfadou com a oferta de Maria, ao trazer esta um vaso de alabastro cheio de nardo puro para com ele ungir a Jesus, a ponto de repreendê-la por sua imprudência. Em vez de manifestar atitude de discípulo, considerou-se como mestre, propondo-se persuadir a Jesus da inconveniência daquele ato. TS1 566 1 Esses dois homens [Judas e Pedro] desfrutaram igualmente das oportunidades e do privilégio que ofereciam as lições e o exemplo de Jesus, para se corrigirem dos seus defeitos de caráter. Enquanto ouviam Suas severas reprovações e denúncias contra a hipocrisia e a corrupção, percebiam que aqueles tão terrivelmente reprovados eram objeto de solícito e incansável esforço por sua regeneração. O Salvador chorou por causa de sua ignorância e dos seus erros. Movido de infinita compaixão e amor para com eles, exclamou para Jerusalém: "Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste!" Lucas 13:34. A paciência de Jesus TS1 566 2 Pedro era ativo e zeloso, firme e intransigente, e Cristo viu nele um elemento útil para a Sua igreja. Por isso ligou Pedro a Si, buscando cultivar nele o que tivesse de bom e valioso, e atenuar pelo Seu ensino e exemplo o que tinha de ríspido em seu temperamento, amenizando-lhe as asperezas de conduta. Se o coração estivesse verdadeiramente transformado pela graça divina, uma transformação exterior seria vista através de sincera bondade, simpatia e cortesia. Jesus nunca Se mostrou frio e inacessível. Os aflitos muitas vezes O iam buscar no Seu retiro, quando Ele precisava descansar e restaurar-Se; contudo, Ele tinha um olhar bondoso e palavras encorajadoras para todos. Jesus foi o modelo da verdadeira cortesia. Pedro negou seu Senhor; mas depois arrependeu-se e foi profundamente humilhado por causa de seu grande pecado. Cristo, entretanto, mostrou que perdoara ao discípulo a falta cometida, fazendo menção especial de seu nome depois da ressurreição. TS1 567 1 Judas cedeu às tentações de Satanás e traiu seu melhor Amigo. Pedro aprendia e aproveitava as lições de Cristo, e assim levou adiante a obra de reforma que foi deixada aos discípulos quando seu Senhor foi para o Céu. Esses dois homens representam as duas classes de pessoas que Cristo associa a Si, dando-lhes as oportunidades de Suas lições e o exemplo de Sua vida altruísta e compassiva, para que dEle possam aprender. TS1 567 2 Quanto mais o homem contemplar seu Salvador e familiarizar-se com Ele, tanto mais assimilará Sua imagem e fará as Suas obras. A época em que vivemos está reclamando uma ação reformadora. A luz da verdade que brilha sobre nós requer homens de determinação e verdadeiro valor moral, a fim de diligente e perseverantemente atuarem em prol da salvação de todos os que atenderão ao convite do Espírito de Deus. TS1 567 3 O amor que deve reinar entre os membros da igreja freqüentemente cede lugar à crítica e censura, que aparecem até mesmo nas atividades religiosas através de observações e severos ataques pessoais. Essas coisas não devem ser admitidas pelos pastores, anciãos ou pelo povo. As reuniões da igreja devem ser celebradas em honra exclusiva de Deus. Quando pessoas de disposições peculiares se reúnem no recinto da igreja, a menos que a verdade de Deus suavize e subjugue os rudes traços de caráter, a igreja será prejudicada e sua paz e harmonia sacrificadas pela condescendência com esses traços egoístas e não santificados. Muitos, movidos pelo zelo de descobrir as faltas dos irmãos, negligenciam o exame do próprio coração e a purificação da própria vida. Isso provoca o desagrado de Deus. Os membros devem zelar, individualmente, pela própria alma, vigiar com cuidado as próprias ações, a fim de não agirem movidos por motivos egoístas e se tornarem pedra de tropeço para os fracos. TS1 568 1 Deus aceita os homens tais quais são, com seus naturais traços de caráter, e os prepara para o Seu serviço, contanto que estejam dispostos a deixar-se educar e a aprender dEle. As raízes de amargura, inveja, desconfiança, suspeita e mesmo ódio que existem no coração de alguns membros da igreja são obra de Satanás. Esses elementos têm influência deletéria sobre a igreja. "Um pouco de fermento faz levedar toda a massa." 1 Coríntios 5:6. O zelo religioso que se manifesta em ataques aos irmãos é sem entendimento. Cristo nada tem que ver com esses testemunhos. ------------------------Capítulo 103 -- Mentes enfraquecidas TS1 569 1 É movida de amor para com vossa alma que me acho compelida a escrever-vos no momento. Sinto-me opressa sob o peso da responsabilidade que tomo agora sobre mim, de escrever-vos estas coisas. Estais, pela vossa conduta, fechando as portas do Céu diante de vós mesmos e de vossos filhos; pois nem vós nem eles ali entrareis com o caráter defeituoso que tendes atualmente. Estais, minha irmã, jogando uma partida triste na vida, sem perspectivas de ganhá-la. Com tristeza vos contemplam os santos anjos, ao passo que os anjos maus olham triunfantes, ao verem como estais perdendo rapidamente as graças que adornam o caráter cristão, enquanto em lugar delas vai Satanás gravando seus próprios traços maus. TS1 569 2 Tendes-vos entregue à leitura de romances e novelas a ponto de viver em um mundo imaginário. A influência dessa leitura é prejudicial tanto à mente como ao corpo; enfraquece o intelecto e ocasiona terrível sobrecarga às forças físicas. Ocasiões há em que vossa mente possui sanidade precária, devido à imaginação ter sido superagitada e levada a um estado doentio pela leitura de ficções. A mente deve ser disciplinada por tal forma, que todas as suas faculdades sejam harmonicamente desenvolvidas. Determinado exercício poderá revigorar algumas dessas faculdades, deixando ao mesmo tempo outras sem desenvolvimento, de modo que sua utilidade ficará prejudicada. A memória sofre grande detrimento com as leituras mal escolhidas, as quais tendem a desequilibrar as faculdades de raciocínio, criam um estado de nervosismo, fadiga mental e prostração de todo o organismo. Caso a imaginação seja constantemente superalimentada e estimulada com literatura de ficção, torna-se em breve um tirano, controlando todas as outras faculdades da mente, fazendo com que o gosto se torne caprichoso e pervertendo as tendências. TS1 569 3 Sois uma dispéptica mental. Vossa mente tem-se abarrotado de conhecimentos de toda espécie -- política, história, teologia, anedotas -- dos quais apenas uma parte pode ser retida pela maltratada memória. Muito menos conhecimentos, em uma mente bem disciplinada, seria de proveito incomparavelmente maior. Tendes negligenciado exercitar a mente com uma ação revigorante; assim, a vontade e a inclinação vos têm dominado e se assenhoreado de vós, em vez de serem servos. E o resultado é perda de energia física e mental. TS1 570 1 Por anos vossa mente tem sido como uma fonte rumorejante, quase cheia de seixos e ervas daninhas, por onde a água corre em desperdício. Fossem vossas faculdades regidas por desígnios elevados, e não seríeis a inválida que agora sois. Imaginais que deveis ser satisfeita em vosso caprichoso apetite e na leitura excessiva. Vi a lâmpada ardendo à meia-noite em vosso quarto, enquanto tínheis os olhos pregados em alguma história fascinante, estimulando dessa maneira o já sobrecarregado cérebro. Essa orientação vos tem diminuído a resistência física, enfraquecendo-vos ao mesmo tempo mental e moralmente. A irregularidade tem criado desordem no lar e, caso assim continue, levará vossa mente a imergir na imbecilidade. O tempo de graça que vos é dado por Deus, tem sido mal empregado, desperdiçado o tempo por Ele a vós concedido. O fruto da leitura imprópria TS1 570 2 Deus nos concede talentos a fim de serem usados sabiamente e não para serem mal empregados. A educação não é senão um preparo das faculdades físicas, intelectuais e morais para o melhor desempenho de todos os deveres da vida. A leitura imprópria proporciona uma educação falsa. O poder de resistência e a força e a atividade do cérebro, poderão ser diminuídos ou aumentados conforme são utilizados. Tendes em vós uma obra a fazer para abandonar vossa leitura leviana. Afastai-a de vossa casa. Não tenhais a tentação diante de vós para perverter-vos a imaginação, desequilibrar-vos o sistema nervoso e arruinar vossos filhos. Com o muito ler, estai-vos incapacitando para os deveres de esposa e mãe e, na realidade, desqualificando-se para fazer o bem em qualquer lugar. TS1 571 1 A Bíblia não é estudada como devia; portanto, não vos tornais sábia nas Escrituras, nem estais perfeitamente preparada para toda boa obra. A leitura leviana fascina a mente e torna desinteressante a leitura da Palavra de Deus. Buscais fazer com que os outros creiam que sois versada nas Escrituras; isto, porém, não pode ser, porquanto tendes a mente entulhada de lixo. A Bíblia requer pesquisa atenta, apoiada por oração. Não basta deslizar sobre a superfície. Ao passo que algumas passagens são tão claras que não podem ser mal compreendidas, outras há que são mais complicadas, exigindo cuidadoso e paciente estudo. Qual precioso metal oculto nos montes e montanhas, suas gemas de verdade precisam ser procuradas e entesouradas na mente para uso futuro. Quem dera que todos exercitassem tão constantemente o espírito em buscar o ouro celeste como na procura do ouro que perece! TS1 571 2 Quando pesquisardes as Escrituras com fervoroso desejo de aprender a verdade, Deus vos comunicará Seu Espírito ao coração, e vos impressionará a mente com a luz de Sua Palavra. A Bíblia é seu próprio intérprete, uma passagem explicando a outra. Mediante a comparação de textos referentes aos mesmos assuntos, vereis beleza e harmonia com que nem sonháveis. Não há nenhum outro livro cujo manuseio fortaleça e amplie, eleve e enobreça tanto o espírito, como o Livro dos livros. Seu estudo comunica novo vigor à mente, que é assim posta em contato com assuntos que exigem séria reflexão, sendo levada a Deus em oração em busca de poder para compreender as verdades reveladas. Uma vez que a mente seja deixada a lidar com matérias comuns, em vez de se aplicar a problemas profundos e difíceis, estreitar-se-á e baixará ao nível dos assuntos que contempla, perdendo finalmente seu poder de expansão. TS1 571 3 Deus Se desagrada com os que são demasiado indolentes e descuidados para se tornarem obreiros eficientes, bem informados. O cristão deve possuir mais inteligência e fina percepção que os mundanos. O estudo da Palavra de Deus dilata continuamente o espírito e fortalece o intelecto. Coisa alguma refinará e elevará tanto o caráter, e dará tanto vigor a toda faculdade, como o constante exercício da mente para compreender e aprender sérias e importantes verdades. TS1 572 1 A mente humana fica raquítica e debilitada, quando se ocupa apenas de assuntos triviais, não se elevando nunca acima do nível das coisas temporais e sensíveis, para apreender os mistérios do invisível. O entendimento é gradualmente levado à altura dos assuntos com que constantemente se familiariza. A mente restringirá suas faculdades e perderá as aptidões de que é dotada, uma vez que não se exercite para adquirir mais conhecimentos, e se dilate para compreender as revelações do poder divino na natureza e na Palavra Sagrada. -- Testimonies for the Church 4:545, 546 (1881). ------------------------Capítulo 104 -- Casamentos errados TS1 573 1 Vivemos nos últimos dias, quando a mania do assunto matrimonial constitui um dos sinais da próxima vinda de Cristo. Deus não é consultado nessas questões. A religião, o dever e os princípios são sacrificados a fim de satisfazer aos impulsos do coração não consagrado. Não deve haver grande ostentação e regozijo sobre a união dos nubentes. Não há um casamento em cem que resulte em felicidade, tenha a aprovação de Deus, e coloque os cônjuges em condições de melhor O glorificarem. Inúmeras são as más conseqüências de maus casamentos. São realizados por impulso. Uma visão sincera do assunto, mal se pensa em obter, e a consulta com as pessoas de experiência é considerada coisa antiquada. TS1 573 2 Impulso e paixão profana, eis o que ocupa o lugar do amor puro. Muitos põem em risco a própria alma, e trazem sobre si a maldição de Deus por entrarem nas relações conjugais unicamente para satisfazer à fantasia. Foram-me mostrados casos de pessoas que professam a verdade, e cometeram grande erro casando-se com incrédulos. Foi por eles nutrida a esperança de que a parte não crente havia de abraçar a verdade; uma vez que essa parte conseguiu seu objetivo, porém, fica mais afastada da verdade que dantes. Começam então as sutis operações, os contínuos esforços do inimigo para desviar o crente da fé. A influência das alianças mundanas TS1 573 3 Muitos há que estão perdendo o interesse e a confiança na verdade, por se haverem entrado em íntimo contato com incrédulos. Respiram uma atmosfera de dúvida, de desconfiança, de infidelidade. Têm a incredulidade diante dos olhos, dos ouvidos, e afinal a acalentam. Alguns talvez tenham valor de resistir a essas influências; em muitos casos, porém, sua fé fica imperceptivelmente minada, destruída afinal. Satanás foi então bem-sucedido em seus planos. Operou tão sorrateiramente por meio de seus instrumentos, que as barreiras da fé e da verdade foram derribadas antes de os crentes terem qualquer idéia da situação em que se encontravam. TS1 574 1 Coisa perigosa é formar uma aliança mundana. Bem sabe Satanás que o momento que testemunha o enlace de muitos rapazes e moças, põe um ponto final em sua história religiosa, em sua utilidade nesse sentido. Acham-se perdidos para Cristo. Poderão, por algum tempo, fazer um esforço para viver a vida cristã; todos esses esforços, no entanto, são feitos contra decidida corrente em sentido contrário. Outrora era para eles um privilégio e prazer falar acerca de sua fé e esperança; chegam, porém, a relutar para mencionar tal assunto, sabendo que aquele com quem uniram o destino não tem nenhum interesse no mesmo. Em conseqüência, perece no coração a fé na preciosa verdade, e Satanás tece traiçoeiramente em torno deles uma rede de ceticismo. TS1 574 2 É o levar ao excesso o que é lícito, o que o torna grave pecado. Os que professam a verdade desprezam a vontade de Deus desposando incrédulos; perdem-Lhe o favor, e fazem dura a obra do arrependimento. O incrédulo poderá ser dotado de excelente caráter moral; o fato, porém, de que ele ou ela não atendeu às reivindicações de Deus, e negligenciou tão grande salvação, é razão suficiente para que se não consume tal união. O caráter do incrédulo talvez seja semelhante ao do jovem a quem Jesus dirigiu as palavras: "Uma coisa te falta" (Lucas 18:22); aquilo era a coisa necessária. TS1 574 3 Alega-se por vezes que o incrédulo é favorável à religião, e é tudo quanto se poderia desejar para um companheiro, a não ser uma coisa: não ser cristão. Se bem que o melhor discernimento do crente lhe sugira ser inconveniente unir-se para toda a vida com uma pessoa que não partilha da fé, todavia, em nove casos em cada dez triunfa a inclinação. O declínio espiritual começa no momento em que se proferem os votos no altar; o fervor religioso é arrefecido, e vão sendo derribadas uma após outra as fortalezas, até que se encontram ambos unidos sob a negra bandeira de Satanás. Mesmo nos festejos das bodas, o espírito mundano triunfa da consciência, da fé e da verdade. No novo lar não é respeitada a hora da oração. A noiva e o noivo preferiram-se um ao outro e despediram a Jesus. TS1 575 1 A princípio talvez o incrédulo não manifeste oposição; quando, porém, é apresentado à sua atenção o assunto da verdade bíblica, para que o considere, ergue-se imediatamente o sentimento: "Você casou comigo sabendo que eu era o que sou; não quero ser incomodado. Daqui em diante fique entendido que são proibidas as conversas sobre seus peculiares pontos de vista." Caso o crente manifestasse qualquer zelo especial com relação a sua fé, pareceria descortês para com aquele que não toma nenhum interesse na vida cristã. TS1 575 2 O crente raciocina que, nas novas relações, tem de conceder alguma coisa ao companheiro de sua escolha. São patrocinados entretenimentos sociais, mundanos. A princípio com grande relutância de sentimentos por parte do crente ao fazer isto, mas depois o interesse na verdade vai-se tornando cada vez menor, e a fé se transforma em dúvida e incredulidade. Ninguém haveria suspeitado que aquele outrora firme e consciencioso crente e consagrado seguidor de Cristo se pudesse tornar um dia duvidoso e cheio de astúcias. Oh! a mudança operada por aquele matrimônio imprudente! Considerar sinceramente a questão TS1 575 3 Que deve fazer todo crente quando levado a essa posição difícil para a solidez dos princípios religiosos? Com firmeza digna de imitação, deve ele dizer francamente: "Sou um cristão consciencioso. Creio que o sétimo dia da semana é o sábado bíblico. Nossa fé e princípios são tão diversos, que levam a direções opostas. Não nos é possível ser felizes juntos, pois se prossigo em adquirir mais perfeito conhecimento da vontade de Deus, tornar-me-ei mais e mais diferente do mundo, e mais me assemelharei a Cristo. Se você continua a não ver nenhuma beleza em Jesus, nenhuma atração na verdade, amará o mundo, que eu não posso amar, ao passo que eu me deleitarei nas coisas de Deus que você não pode apreciar. As coisas espirituais discernem-se espiritualmente. Sem discernimento espiritual você será incapaz de ver os direitos que Deus tem sobre mim, ou de avaliar minhas obrigações para com o Mestre a quem sirvo; então você achará que o negligencio por causa de meus deveres religiosos. Não se sentirá feliz; terá ciúmes da afeição que consagro a Deus; e sentir-me-ei só em minha crença religiosa. Quando se mudarem seus pontos de vista, quando seu coração atender aos reclamos de Deus, e aprender a amar a meu Salvador, então poderemos reatar nossas relações." TS1 576 1 O crente faz então por Cristo um sacrifício que sua consciência aprovará, e que mostra que ele estima a vida eterna demasiado alto para correr o risco de perdê-la. Sente que melhor lhe é permanecer solteiro do que ligar seus interesses por toda a vida com uma pessoa que prefere o mundo a Jesus, e que o buscaria levar para longe da cruz de Cristo. O perigo de dedicar o afeto aos incrédulos, porém, não é avaliado. Na mente juvenil, o casamento se acha revestido de romance, e difícil é despojá-lo desse aspecto com que a imaginação o envolve, e impressionar a mente com o senso das pesadas responsabilidades compreendidas nos votos matrimoniais. Esses votos ligam os destinos de duas pessoas com laços que coisa alguma senão a mão da morte deve desatar. Eles não podem andar juntos TS1 576 2 Há de uma pessoa que está em busca da glória, honra, imortalidade, vida eterna, formar união com outra que se recusa a entrar na fileira com os soldados da cruz de Cristo? Haveis vós, que professais escolher a Cristo como vosso chefe e ser-Lhe obediente, em tudo, de unir vossos interesses com uma pessoa que é governada pelo príncipe dos poderes das trevas? "Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?" Amós 3:3. "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 18:19. Quão estranho, porém, o que se nos depara! Enquanto um daqueles que se acham tão estreitamente unidos está empenhado em devoção, o outro vive indiferente e descuidoso; ao passo que um busca o caminho da vida eterna, o outro segue a estrada larga que conduz à morte. TS1 577 1 Centenas de pessoas têm sacrificado a Cristo e ao Céu em conseqüência de haverem desposado um inconverso. Acaso pode ser que o amor e o companheirismo com Cristo seja de tão pouco valor para eles, que prefiram a companhia de pobres mortais? É o Céu tão pouco estimado que estejam dispostos a arriscar sua vida por alguém que não sente amor algum para com o precioso Salvador? TS1 577 2 A felicidade e o êxito da vida de casados depende da união dos cônjuges. Como pode a mente carnal se harmonizar com o espírito semelhante ao de Cristo? Um semeia na carne, pensando e agindo em harmonia com os impulsos do próprio coração; o outro semeia no Espírito, reprimindo o egoísmo, vencendo as inclinações, e vivendo em obediência ao Mestre, a quem professa servir. Existe, portanto, eterna diferença de gostos, inclinações e desígnios. A menos que o crente, mediante sua firme adesão aos princípios, conquiste o impenitente, há de, como é o mais comum, ficar desanimado, e vender seus princípios religiosos pela desvaliosa companhia de um ente que não tem ligação com o Céu. TS1 578 3 Deus proibiu rigorosamente o entrelaçamento, por alianças matrimoniais, de Seu povo com as outras nações. Alega-se agora que essa proibição foi feita a fim de impedir os hebreus de casarem com idólatras, e formarem ligações com famílias pagãs. Os pagãos, no entanto, achavam-se em condições mais favoráveis do que os impenitentes desta geração, os quais, tendo a luz da verdade, ainda se recusam persistentemente a aceitá-la. O pecador de hoje é incomparavelmente mais culpado que os gentios, pois a luz do evangelho brilha clara ao seu redor. Ele viola a consciência, e é um inimigo deliberado do Senhor. O motivo indicado por Deus para proibir esses casamentos, foi: "Pois fariam desviar teus filhos de Mim." Deuteronômio 7:4. Aqueles, dentre o antigo Israel, que se arriscaram a desprezar a proibição divina, fizeram-no com sacrifício dos princípios religiosos. Tomai o caso de Salomão como exemplo. Suas mulheres lhe desviaram o coração de Deus. ------------------------Capítulo 105 -- Obreiros fiéis TS1 579 1 A paz de Cristo, a paz de Cristo -- o dinheiro não a pode comprar; o talento brilhante não se pode dela assenhorear; o intelecto não pode consegui-la; ela é um dom de Deus. A religião de Cristo -- como hei de fazer todos compreenderem a grande perda que sofrerão se deixarem de pôr seus santos princípios na vida diária? A mansidão e humildade de Cristo, eis a força do cristão. Isto é na verdade mais precioso que todas as coisas que o gênio possa criar, ou possam ser adquiridas com a riqueza. De todas as coisas que se buscam, acariciam e cultivam, coisa alguma há, tão valiosa aos olhos de Deus, como um coração puro, a disposição impregnada de reconhecimento e paz. TS1 579 2 Caso exista no coração a divina harmonia da verdade e do amor, resplandecerá em palavras e ações. O mais cuidadoso cultivo das boas maneiras e cortesias da vida, não possui suficiente poder para excluir toda a impaciência, juízo precipitado e linguagem imprópria. O espírito de genuína bondade deve habitar no coração. O amor dá graça, propriedade e modéstia na conduta àquele que o possui. O amor ilumina o semblante e suaviza a voz, e enobrece e eleva a inteira personalidade. Põe-na em harmonia com Deus; pois é um atributo celeste. TS1 579 3 Muitos se acham em risco de pensar que, nos cuidados do serviço, escrevendo e trabalhando como médicos, ou cumprindo seus deveres nos vários departamentos, são escusáveis se deixam de orar, se negligenciam o sábado e os cultos. As coisas sagradas são assim rebaixadas a fim de favorecer-lhes as conveniências, ao passo que os deveres, as abnegações e as cruzes são deixados de lado. Nem os médicos nem os auxiliares devem tentar fazer seu trabalho sem consagrar tempo à oração. Deus seria o ajudador de todos quantos O professam amar, caso com Ele fossem ter com fé e sentindo a própria fraqueza, ansiassem Seu poder. Quando eles se separam de Deus, sua sabedoria demonstrar-se-á insensatez. Quando se acham pequenos aos próprios olhos, e se apóiam com todo o peso em seu Deus, então Ele lhes é o braço de seu poder, e os esforços que fizerem serão seguidos de êxito; ao permitirem, porém, que a mente se desvie do Senhor, Satanás nela penetra, controla os pensamentos e perverte o juízo. TS1 580 1 Pessoa alguma se acha em maior perigo do que aquela que crê segura a sua montanha. É então que o pé lhe começa a deslizar. Sobrevirão tentações, uma após outra, e será tão imperceptível a influência das mesmas sobre a vida e o caráter que, a menos que seja guardado pelo poder divino, ele será corrompido pelo espírito do mundo, e deixará de realizar o desígnio de Deus. Tudo quanto o homem possui, foi-lhe dado pelo Senhor, e aquele que desenvolve suas aptidões para glória de Deus, será um instrumento para o bem; mas, da mesma maneira que não nos é possível ser fisicamente fortes sem tomar o alimento temporal, não podemos viver a vida religiosa sem constante oração e o cumprimento dos deveres espirituais. Precisamos sentar-nos diariamente à mesa de Deus. Importa que recebamos forças da Videira Viva, caso nos devamos nutrir. TS1 580 2 A direção seguida por alguns, de empregarem métodos mundanos a fim de conseguirem seus desígnios, não se encontra em harmonia com a vontade divina. Vêem erros que necessitam ser corrigidos, mas não querem trazer a reprovação sobre si mesmos, e em vez de, animosamente, enfrentarem essas coisas, lançam a responsabilidade sobre outros, e deixam-nos fazer face às dificuldades a que se eximiram; e em muitos casos, o que fala claramente é considerado o grande culpado. TS1 580 3 Irmãos, rogo-vos que procedais tendo unicamente em vista a glória de Deus. Seja Seu poder a vossa confiança, vossa força a Sua graça. Por meio de estudo das Escrituras e de fervorosa oração, buscai obter percepções claras de vosso dever, e depois cumpri-o fielmente. É essencial cultivardes fidelidade nas pequeninas coisas e, assim fazendo, formareis hábitos de integridade nas responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária passam muitas vezes sem os notarmos; são no entanto essas coisas pequeninas que moldam o caráter. Todo acontecimento da vida é de grande importância para o bem ou para o mal. A mente precisa ser exercitada pelas provas diárias, a fim de adquirir vigor para resistir em qualquer situação difícil. Nos dias de prova e de perigo, necessitareis estar fortalecidos para ficar firmes ao lado do direito, a despeito de qualquer influência contrária. TS1 581 1 Deus está disposto a fazer muito por vós, uma vez que tão-somente sintais vossa dependência dEle. Jesus vos ama. Procurai andar sempre à luz da sabedoria divina; e em meio de todas as mutáveis circunstâncias da vida, não descanseis a menos que saibais que vossa vontade se acha em harmonia com a vontade de vosso Criador. Mediante fé nEle, podeis conseguir força para resistir a toda tentação de Satanás, crescendo assim em energia moral a cada prova enviada por Deus. TS1 581 2 Podereis tornar-vos homens de responsabilidade e influência se, pelo poder de vossa vontade, unido à força divina, vos empenhardes fervorosamente no trabalho. Exercitai as faculdades mentais, e em caso algum negligencieis as físicas. Não deixeis que a preguiça intelectual feche vossa vereda para maior conhecimento. Aprendei a refletir, assim como a estudar, a fim de que vossa mente se expanda, fortaleça e desenvolva. Nunca penseis que tendes aprendido bastante e que podeis agora afrouxar vossos esforços. A mente cultivada é a medida do homem. Vossa educação deve continuar por toda a vossa vida; cada dia deveis estar aprendendo e pondo em uso prático o conhecimento adquirido. ------------------------Capítulo 106 -- No labirinto da dúvida TS1 582 1 Não há desculpa para a dúvida ou ceticismo. Deus tomou amplas medidas para estabelecer a fé de todos os homens, caso eles estejam dispostos a tomar sua decisão em face da força das evidências. Se, porém, esperam que sejam removidas todas as aparentes objeções, para então crerem, nunca virão a ficar estabelecidos, arraigados e firmados na verdade. Deus nunca afastará todas as aparentes dificuldades de nosso caminho. Os que desejam duvidar, encontrarão oportunidade para isso; os que desejam crer, acharão abundância de provas em que basearem a fé. TS1 582 2 É inexplicável a atitude de alguns -- inexplicável mesmo para eles. Esses andam flutuando sem uma âncora, jogados daqui para ali na cerração da incerteza. Bem logo Satanás se apodera do leme, e dirige-lhes o frágil barquinho de acordo com sua vontade. Ficam sujeitos a sua vontade. Não houvessem essas mentes dado ouvidos a Satanás, e não teriam sido iludidas pelos seus enganos; houvessem permanecido firmes do lado de Deus, e não teriam ficado confundidas e perplexas. TS1 582 3 Deus e os anjos observam com intenso interesse o desenvolvimento do caráter, e estão pesando o valor moral. Os que resistirem aos ardis do inimigo, sairão como ouro provado no fogo. Os que são derribados de sua posição pelas ondas das tentações, imaginam, como Eva, que estão ficando admiravelmente sábios, saindo da ignorância e estrita conscienciosidade; à semelhança dela, porém, achar-se-ão lamentavelmente iludidos. Andaram em perseguição de sombras, trocando a sabedoria celeste pelo frágil juízo humano. Um pouquinho de conhecimento os tornou presumidos. Um conhecimento mais profundo e completo acerca de Deus e deles próprios, tê-los-ia tornado novamente homens sãos e sensatos, firmando-os do lado da verdade, dos anjos e de Deus. TS1 583 1 A palavra divina julgar-nos-á, a cada um de nós, no grande dia final. Os rapazes falam acerca de ciência, e sua sabedoria está acima do que está escrito; buscam explicar os caminhos e obras de Deus de modo a satisfazer a própria compreensão finita; tudo isso, porém, é deplorável fracasso. A verdadeira ciência e a inspiração se acham em perfeita harmonia. A falsa ciência é um tanto independente da divindade. Não passa de pretensiosa ignorância. Esse enganoso poder tem cativado e escravizado a mente de muitos, os quais preferiram as trevas à luz. Colocaram-se ao lado da incredulidade, como se duvidar fora virtude, indício de elevação de espírito -- quando, ao contrário, é sinal de espírito demasiado fraco e estreito para perceber a Deus em Suas obras criadas. Não poderiam sondar o mistério de Sua providência, ainda que, com todas as suas forças, o estudassem por toda vida. E porque as obras divinas não podem ser explicadas por mentes finitas, Satanás traz sobre eles seus enganos, e enreda-os nas malhas da incredulidade. Caso esses duvidosos se ponham em íntimo contato com Deus, Ele tornará claros Seus desígnios à compreensão deles. TS1 583 2 As coisas espirituais discernem-se espiritualmente. A mente carnal não é capaz de compreender esses mistérios. Continuem os questionadores e duvidosos a seguir o grande enganador, e as impressões e convicções do Espírito de Deus hão de tornar-se mais e mais fracas, mais freqüentes as sugestões do inimigo, até que a mente se submeterá de todo ao seu domínio. Então o que a essas mentes confundidas se afigura como sendo loucura, será o poder de Deus, e o que Ele considera como loucura ser-lhes-á sabedoria e força. TS1 583 3 Um dos grandes males que tem acompanhado a pesquisa do conhecimento, as descobertas da ciência, é que os que se têm empenhado nesses estudos, perdem demasiadas vezes de vista o caráter divino da religião pura e incontaminada. Os sábios segundo o mundo têm procurado explicar, baseados em princípios científicos, a influência do Espírito de Deus sobre o coração. O mínimo passo nessa direção introduzirá a alma no labirinto do ceticismo. A religião da Bíblia é simplesmente o mistério da piedade; nenhuma mente humana o pode plenamente entender, e é de todo incompreensível ao coração não regenerado. TS1 584 1 O Filho de Deus comparou as operações do Espírito Santo com o vento, que "assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai". João 3:8. Lemos ainda, no Sagrado Registro, que o Redentor do mundo regozijou-Se em espírito, e disse: "Graças Te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos." Mateus 11:25. O Salvador regozijou-Se por que o plano da salvação é de tal natureza que aqueles que são sábios aos próprios olhos, que se acham inchados pelos ensinos da vã filosofia, não podem ver a beleza, o poder e o oculto mistério do evangelho. A todos quantos são humildes de coração, porém, que possuem um desejo dócil, sincero, infantil, de conhecer e fazer a vontade de seu Pai celeste, Sua Palavra é revelada como o poder de Deus para salvação. ------------------------Capítulo 107 -- A influência dos companheiros TS1 585 1 Em nossas instituições, onde muitos trabalham juntos, bem grande é a influência dos companheiros. É natural buscar companheirismo. Todos encontrarão companheiros ou os farão. E exatamente na medida da força da amizade, será o grau de influência exercida pelos amigos uns nos outros, para bem ou para mal. Todos terão amigos, e influenciarão e serão influenciados. TS1 585 2 Misterioso é o laço que liga entre si os corações humanos, de modo que os gostos, os sentimentos e os princípios das duas pessoas ficam intimamente associados. Um apanha o espírito e copia as maneiras e as ações do outro. Como a cera toma a forma do sinete, assim a mente recebe a impressão produzida pelo intercâmbio e o convívio. Talvez a influência seja inconsciente, todavia não será menos poderosa. TS1 585 3 Fosse a juventude persuadida a associar-se com os puros, os refletidos e amáveis, muito salutar seria o efeito. Caso se escolham companheiros que temam ao Senhor, a influência induzirá à verdade, ao dever, à santidade. Uma vida verdadeiramente cristã é uma força para o bem. Por outro lado, porém, os que se acompanham com homens e mulheres de moral duvidosa, ou de maus costumes e princípios, dentro em breve estarão andando nos mesmos caminhos. As tendências do coração natural são descendentes. Os que convivem com os céticos tornar-se-ão em breve céticos também; os que preferem a companhia dos vis, com certeza tornar-se-ão vis por sua vez. Andar no conselho dos ímpios é o primeiro passo para deter-se no caminho dos pecadores e sentar-se na roda dos escarnecedores. TS1 585 4 Ora, todos os que quiserem formar um caráter reto, escolham companheiros de uma séria e refletida disposição de espírito, e que tenham inclinação religiosa. Os que fizeram as contas, e desejam construir para a eternidade, devem pôr bom material nessa construção. Se aceitam vigas apodrecidas, se se contentam com as deficiências do caráter, o edifício está condenado à ruína. Cuidem todos na maneira por que edificam. A tempestade da tentação se abaterá sobre a casa, e a menos que ela esteja firme e fielmente construída, não resistirá à prova. TS1 586 1 O bom nome é mais precioso do que o ouro. Há da parte dos jovens a tendência de se associarem com outros de espírito e moral inferiores. Que satisfação real pode uma pessoa jovem esperar da voluntária ligação com outras de baixa norma nas idéias, nos sentimentos e na conduta? Alguns têm gostos corrompidos e hábitos depravados, e todos quantos buscam tais companheiros seguir-lhes-ão o exemplo. Vivemos em tempos de perigos de molde a fazer temer o coração de todos. Vemos o espírito de muitos errando pelo labirinto do ceticismo. As causas são ignorância, orgulho, um caráter defeituoso. É difícil para o coração do homem caído aprender a lição da humildade. Há qualquer coisa no coração humano que se insurge contra a verdade revelada quanto aos assuntos relacionados com Deus e os pecadores, a transgressão da lei divina e o perdão mediante Cristo. Guardar a mente TS1 586 2 Irmãos e irmãs, velhos e jovens, quando tiverdes uma hora de lazer, abri a Bíblia e entesourai na mente suas preciosas verdades. Quando empenhados no trabalho, guardai a mente, conservai-a firme em Deus, falai menos e meditai mais. Lembrai-vos de que: "De toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo." Mateus 12:36. Escolhei as palavras; isto fechará uma porta ao adversário de vossas almas. Que o dia comece com oração; trabalhai como diante de Deus. Seus anjos se acham sempre ao vosso lado, anotando vossas palavras, vosso comportamento, e a maneira em que fazeis o serviço. Caso vos desvieis do bom conselho, e prefirais associar-vos com os que tendes razão de suspeitar que não se inclinam para a religião, embora professem cristianismo, tornar-vos-eis em breve semelhantes a eles. Colocai-vos no caminho da tentação, no campo de batalha de Satanás e, a menos que estejais continuamente em guarda, sereis vencidos por seus ardis. Pessoas há que por algum tempo professaram ser religiosas, e que estão, para todos os intentos e propósitos, sem Deus e sem uma consciência sensível. São vãs e frívolas; sua conversa é de baixo teor. O namoro e o casamento lhes ocupam o espírito, com exclusão dos pensamentos mais elevados e nobres. As companhias decidem nosso destino TS1 587 1 As companhias escolhidas pelos obreiros estão-lhes decidindo o destino para este mundo e o outro. Alguns que dantes eram conscienciosos e fiéis, têm mudado lamentavelmente; desligaram-se de Deus, e Satanás os tem seduzido para o seu lado. São agora irreligiosos e irreverentes, e exercem influência sobre outros facilmente moldáveis. As más companhias estão deteriorando o caráter; os princípios estão sendo minados. "Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos loucos achar-se-á mal." Provérbios 13:20 (VB). TS1 587 2 Os jovens se acham em perigo; são, porém, cegos para discernir as tendências e resultado da direção que seguem. Muitos deles empenham-se em flertes. Parecem absorvidos. Nada há de nobre, digno ou sagrado nessas amizades; como são suscitadas por Satanás, a influência delas é de molde a agradar-lhe. As advertências dadas a essas pessoas, caem em ouvidos moucos. São obstinadas, voluntariosas, desafiantes. Acham que a advertência, o conselho, ou a reprovação, não se aplicam a eles. Não se preocupam absolutamente com o rumo que estão seguindo. Estão continuamente se separando da luz e do amor de Deus. Perdem todo o discernimento das coisas sagradas e eternas; e conquanto observem uma seca forma de deveres cristãos, não põem o coração nesses exercícios religiosos. Essas almas iludidas compreenderão tarde demais que "estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem". Mateus 7:14. TS1 588 1 Acham-se registradas as palavras, as ações, os motivos; quão pouco, porém, compreendem essas cabeças leves, superficiais, e esses corações duros, que um anjo de Deus está escrevendo a maneira em que são empregados seus preciosos momentos! Deus trará à luz toda a palavra e toda ação. Ele está em toda parte. Embora invisíveis, Seus mensageiros visitam-nos na sala de trabalho, no quarto de dormir. As obras ocultas das trevas, serão trazidas à luz. Revelados serão os pensamentos, os intentos e desígnios do coração. "Todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar." Hebreus 4:13. Tornar nossa obra enobrecedora TS1 588 2 Os obreiros devem levar Jesus consigo para todo departamento de trabalho. Seja o que for que seja feito, deve ser executado com uma exatidão e esmero que resista à inspeção. O coração deve estar na obra. A fidelidade é tão essencial nos deveres comuns da vida, como naqueles que envolvem maior responsabilidade. Talvez alguns concebam a idéia de que seu trabalho não é enobrecedor; ele, porém, será justamente aquilo que o quiserem tornar. Unicamente eles podem rebaixar ou elevar sua ocupação. Quiséramos que todo zangão fosse compelido a labutar para ganhar o pão de cada dia; pois o trabalho é uma bênção, não uma maldição. O labor diligente guardar-nos-á de muito laço de Satanás, que "ainda encontra alguma maldade para as mãos ociosas". TS1 588 3 Nenhum de nós deve envergonhar-se do trabalho, por menor e mais servil que pareça. O trabalho é enobrecedor. Todos quantos labutam com a cabeça ou com as mãos, são homens e mulheres de trabalho. E todos estão cumprindo seu dever e honrando sua religião tanto quando lidam no tanque de lavar roupa ou na pia dos pratos, como quando vão às reuniões. Enquanto as mãos se encontram ocupadas nos serviços mais comuns, a mente pode ser elevada e enobrecida por pensamentos santos e puros. Quando qualquer dos obreiros manifesta falta de respeito pelas coisas religiosas, deve ser desligado da obra. Ninguém pense que a instituição depende deles. TS1 589 1 Os que têm estado por muito tempo trabalhando em nossas instituições deviam ser agora obreiros de responsabilidade, de confiança em todo lugar, tão fiéis ao dever como a bússola ao pólo. Houvessem eles empregado devidamente suas oportunidades, e teriam agora caráter harmônico e uma profunda e viva experiência nas coisas religiosas. Mas alguns deles se separaram de Deus. A religião é posta de lado. Não é um princípio arraigado, cuidadosamente nutrido onde quer que vão, seja qual for a sociedade a que sejam lançados, e que se demonstra uma âncora para a alma. Quero que todos os obreiros considerem atentamente, que o êxito nesta vida, bem como em alcançar a vida futura, depende em alto grau da fidelidade nas coisas pequeninas. Os que anseiam maiores responsabilidades, devem-se mostrar fiéis no cumprimento dos deveres que têm justamente onde Deus os colocou. TS1 589 2 A perfeição da obra de Deus é tão claramente vista nos mais pequenos insetos, como no rei dos pássaros. A alma da criancinha que crê em Cristo é tão preciosa à Sua vista, como o são os anjos que Lhe rodeiam o trono. "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus." Mateus 5:48. Como Deus é perfeito em Sua esfera, assim pode o homem ser na sua. Tudo quanto as mãos acharem para fazer, deve ser executado com exatidão e rapidez. A fidelidade e a integridade nas coisas pequenas, o cumprimento dos pequenos deveres e a prática de diminutos atos de bondade, animarão e darão alegria no caminho da vida; e quando findar nossa obra na Terra, todos os deveres cumpridos com fidelidade serão apreciados diante de Deus quais jóias preciosas. ------------------------Capítulo 108 -- A igreja triunfará TS1 590 1 Até que Cristo apareça nas nuvens do céu, com poder e grande glória, os homens se perverterão no espírito, e se desviarão da verdade para as fábulas. A igreja verá ainda dias trabalhosos. Profetizará vestida de saco. Mas se bem que tenha de enfrentar heresias e perseguições, embora tenha de combater contra infiéis e apóstatas, pelo auxílio de Deus, ainda ela está esmagando a cabeça de Satanás. O Senhor terá um povo tão verdadeiro como o aço, de fé tão firme como o granito. Eles devem ser-Lhe testemunhas no mundo, instrumentos Seus para realizar uma obra especial, gloriosa, nos dias de Sua preparação. TS1 590 2 A mensagem evangélica não ganha uma alma para Cristo, nem abre caminho para um só coração, sem ferir a cabeça de Satanás. Sempre que um cativo lhe é arrancado das garras, libertado de sua opressão, o tirano é derrotado. As casas publicadoras, os prelos, são instrumentos nas mãos de Deus para enviar a toda língua e nação a preciosa luz da verdade. Essa luz está atingindo mesmo as terras pagãs, e faz constantes incursões contra a superstição e todo erro concebível. TS1 590 3 Pastores que pregam a verdade com todo zelo e fervor, podem apostatar, e unir-se às fileiras dos inimigos; tornará isso, porém, a verdade divina em mentira? "Todavia", diz o apóstolo, "o fundamento de Deus fica firme." 2 Timóteo 2:19. A fé e os sentimentos dos homens podem mudar; mas a verdade de Deus, nunca. A terceira mensagem angélica está soando; é infalível. TS1 590 4 Homem algum pode servir a Deus sem atrair contra si mesmo os homens e anjos maus. Espíritos maus serão lançados no encalço de toda alma que busca unir-se às fileiras de Cristo; pois Satanás deseja reaver a presa que lhe foi arrebatada. Homens maus entregar-se-ão à crença em fortes enganos, para sua perdição. Esses homens revestir-se-ão das roupagens da sinceridade, e enganarão, se possível, os próprios eleitos. A certeza da verdade TS1 591 1 É tão certo possuirmos a verdade, como o é que Deus vive; e Satanás com todas as suas artimanhas e poder infernal, não pode mudar a verdade de Deus em mentira. Enquanto o grande adversário faz tudo quanto lhe é possível para tornar sem efeito a Palavra de Deus, a verdade tem de avançar como uma lâmpada resplandecente. TS1 591 2 O Senhor nos destacou, e tornou-nos objetos de Sua admirável misericórdia. Havemos nós de encantar-nos com os palavreados do apóstata? Preferiremos tomar posição ao lado de Satanás e suas hostes? Unir-nos-emos aos transgressores da lei de Deus? Antes seja nossa oração: "Senhor, põe inimizade entre mim e a serpente." Se não estivermos em inimizade com suas obras tenebrosas, seremos rodeados por seus poderosos laços, e seu aguilhão está pronto a ser cravado em nosso coração. Devemos considerá-lo um inimigo mortal. Cumpre que nos oponhamos a ele em nome de Cristo. Nossa obra ainda prossegue avante. Temos de lutar por toda polegada de terreno. Que todos quantos tomam nos lábios o nome de Cristo se revistam da armadura da justiça. ------------------------Capítulo 109 -- Simplicidade no vestuário TS1 592 1 No sermão que fez no monte, Cristo exorta Seus seguidores a não permitirem que sua mente se absorva com as coisas terrenas. Diz Ele claramente: "Não podeis servir a Deus e a Mamom. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir: Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido?" "E, quanto ao vestido, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam; e Eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles." Mateus 6:24, 25, 28, 29. TS1 592 2 Palavras cheias de significado são essas. Eram aplicáveis aos dias de Jesus, assim como são da mesma maneira em nossos dias. Jesus põe aqui em contraste a natural simplicidade das flores do campo com o adorno artificial do vestuário. Declara que a glória de Salomão não era para se comparar com uma flor em sua beleza natural. Aqui se encerra uma lição para todos quantos desejam conhecer e cumprir a vontade de Deus. Jesus observou o cuidado e atenção dados aos vestidos, e advertiu, ou melhor, ordenou-nos a não lhes dar demasiada atenção. É importante que consideremos cuidadosamente Suas palavras. Salomão absorveu-se tanto com a ostentação exterior, que se esqueceu de elevar o espírito pela constante ligação com o Deus da sabedoria. A perfeição e a beleza de caráter foram passadas por alto em sua tentativa de alcançar a beleza exterior. Vendeu a honra e a integridade do caráter na busca da glorificação própria em face do mundo, e tornou-se afinal um déspota, mantendo sua extravagância por meio de opressivos impostos sobre o povo. Primeiro, corrompeu-se no coração, depois apostatou de Deus, e tornou-se por fim adorador de ídolos. TS1 592 3 Quando vemos nossas irmãs se desviando da simplicidade no vestuário, e cultivando o amor pelas modas do mundo, sentimo-nos perturbados. Adiantando-se passo a passo nessa direção, vão-se separando de Deus, e negligenciando o adorno interior. Elas não se devem sentir na liberdade de gastar o tempo que lhes é dado por Deus com a desnecessária ornamentação de seu vestuário. Quão melhor seria ele empregado em examinar as Escrituras, obtendo, assim um conhecimento cabal das profecias e das lições práticas de Cristo! ... TS1 593 1 Deus Se agradaria de ver nossas irmãs trajadas com roupas corretas e simples, e diligentemente empenhadas na obra do Senhor. Não lhes falta habilidade, e caso empregassem na devida maneira os talentos que já possuem, ser-lhes-ia grandemente aumentada a eficiência. Se o tempo que agora empregam em trabalho desnecessário fosse dedicado à Palavra de Deus, em explicá-la aos outros, sua própria mente seria enriquecida com as gemas da verdade, e seriam fortalecidas e enobrecidas pelo esforço feito para compreenderem as razões de nossa fé. Fossem nossas irmãs conscienciosas cristãs bíblicas, buscando aproveitar toda oportunidade de esclarecer a outros, e veríamos dezenas e dezenas de almas abraçando a verdade, unicamente mediante seus abnegados esforços. Irmãs, no dia em que forem ajustadas as contas de todos, experimentareis alegria ao passar em revista vossa vida, ou sentireis que a beleza do homem exterior é que foi buscada, enquanto ficou quase de todo negligenciada a beleza interior, da alma? TS1 593 2 Não terão nossas irmãs suficiente zelo e força moral para se colocarem, sem desculpas, sobre a plataforma bíblica? O apóstolo deu mui explícitas direções sobre esse ponto: "Quero pois que ... as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras." 1 Timóteo 2:8-10. Aqui o Senhor, por meio de Seu apóstolo, fala expressamente contra o uso de ouro. Que os que têm tido experiência cuidem em não fazer com que outros se desviem nesse ponto por causa de seu exemplo. Aquele anel que vos cerca o dedo, talvez seja muito simples, mas é inútil, e seu uso exerce errônea influência sobre outros. TS1 594 1 Especialmente as esposas de nossos pastores devem ser cuidadosas em não se afastarem dos claros ensinos da Bíblia em questão do vestuário. Muitos consideram essas recomendações como demasiado antiquadas para merecerem atenção; Aquele, porém, que as deu a Seus discípulos, compreendia os perigos do amor do vestuário em nossos tempos, e mandou-nos essa advertência. Dar-lhe-emos ouvidos e seremos sábios? O excesso no vestuário vai em constante progresso. Ainda não é o fim. A moda muda sempre, e nossas irmãs seguem-lhe os rastos, a despeito do tempo ou das despesas. Grande é a quantia despendida com o vestuário, quando devia volver a Deus, o doador. ... Aqueles, entre os observadores do sábado, que têm cedido à influência do mundo, têm de ser provados. Acham-se sobre nós os perigos dos últimos dias, e diante do professo povo de Deus está uma prova não antecipada por muitos. Será provada a genuinidade de sua fé. Muitos se têm unido aos mundanos no orgulho, na vaidade, na busca dos prazeres, lisonjeando-se de que podiam fazer tais coisas e ainda serem cristãos. São tais condescendências, no entanto, que os separam de Deus, e os tornam filhos do mundo. Cristo não nos deu tal exemplo. Unicamente os que negam o próprio eu, e vivem uma vida de sobriedade, humildade e santidade, são verdadeiros seguidores de Jesus; e esses não podem fruir a sociedade dos amantes do mundo. TS1 594 2 Muitos se vestem como o mundo, a fim de exercerem influência sobre os incrédulos; nisto, porém, cometem lamentável erro. Caso eles queiram ter influência real e salvadora, vivam segundo sua profissão de fé, mostrem essa fé pelas obras de justiça, e tornem distinta a diferença entre o cristão e o mundano. As palavras, o vestuário, as ações, devem falar em favor de Deus. Então se espalhará em todos quantos os rodeiam uma santa influência, e mesmo os incrédulos, vendo-os terão conhecimento de que eles estiveram com Jesus. Se alguém desejar que sua influência testifique da verdade, viva sua religião, e assim imite o humilde Modelo. TS1 595 1 O orgulho, a ignorância e a loucura, são companheiros constantes. O Senhor Se desagrada com o orgulho manifestado entre o povo que professa pertencer-Lhe. É desonrado por sua conformidade com as modas nocivas à saúde, imodestas e dispendiosas deste século degenerado. TS1 595 2 A moda governa o mundo; e é uma senhora tirânica, compelindo muitas vezes seus devotos a submeterem-se à maior inconveniência e desconforto. A moda impõe irrazoáveis tributos e cobra-os sem piedade. Exerce fascinante poder e está pronta a criticar e a ridicularizar os pobres se eles não lhe seguem os passos custe o que custar, mesmo com sacrifício da própria vida. Satanás triunfa ao ver seus ardis assim tão bem-sucedidos, e a Morte ri ante a loucura destruidora da saúde e o zelo cego dos adoradores do altar da Moda. ... TS1 595 3 É uma vergonha para nossas irmãs, esquecerem tanto seu santo caráter e o dever que têm para com Deus, que imitem as modas do mundo. Não há desculpas para nós, senão na perversidade de nosso coração. Não ampliamos nossa influência com tal maneira de proceder. É tão incoerente com a fé que professamos, que nos torna ridículos aos olhos dos mundanos. TS1 595 4 Muitas almas convencidas da verdade têm sido levadas a decidir-se contra ela por causa do orgulho e do amor do mundo manifestado por nossas irmãs. A doutrina pregada parecia clara e harmônica e os ouvintes sentiam deverem levantar uma pesada cruz, com a aceitação da verdade. Quando essas pessoas viram nossas irmãs fazendo tanta ostentação no vestuário, disseram: "Esse povo veste-se mesmo como nós. Não podem realmente crer o que professam; afinal, devem estar enganados. Se na verdade pensassem que Cristo havia de vir em breve, e o caso de cada alma devia ser decidido para a vida eterna ou morte eterna, não podiam dedicar tempo e dinheiro para se vestirem de acordo com as modas existentes." Mal sabiam aquelas professas irmãs crentes o sermão que seu vestuário estava pregando! TS1 596 1 Nossas palavras, ações, vestidos, são pregadores vivos e diários, juntando com Cristo, ou espalhando. Isto não é coisa insignificante, para ser passada por alto com um gracejo. A questão do vestuário exige séria reflexão e muito orar. Muitos incrédulos sentiram que não estavam procedendo bem em se permitirem ser escravos da moda; mas quando vêem alguns que fazem elevada profissão de piedade vestindo-se da mesma maneira que os mundanos, fruindo a sociedade dos frívolos, entendem que não pode haver mal em tais coisas. TS1 596 2 "Somos", disse o inspirado apóstolo, "feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens." 1 Coríntios 4:9. Todo o Céu está notando a influência diária que os professos seguidores de Cristo exercem sobre o mundo. Minhas irmãs, vosso vestuário está falando ou em favor de Cristo e da sagrada verdade, ou em favor do mundo. De qual? Lembrai-vos de que havemos todos de responder a Deus pela influência que exercemos. TS1 596 3 Não quereríamos, de maneira alguma, incentivar a negligência no vestuário. Que as roupas sejam adequadas e decentes. Ainda que seja apenas um tecido de pouco preço, deve estar limpo e bem assentado. Caso não haja babados, a dona-de-casa não somente poderá economizar alguma coisa fazendo-o ela própria, como também economizará lavando-o e passando-o ela mesma. Famílias há que tomam sobre si pesados fardos vestindo os filhos de acordo com a moda. Que perda de tempo! As pequenas haviam de parecer muito atrativas com um vestido livre de babados e adornos, mas limpinho e bem arranjado. É tão fácil lavar e passar um vestido assim, que esse trabalho não parecerá uma carga. TS1 596 4 Por que hão de nossas irmãs roubar a Deus do serviço que Lhe é devido, e a Seu tesouro do dinheiro que cumpria dar-Lhe à causa, para servir às modas deste século? Os primeiros e os melhores pensamentos são dados ao vestuário; desperdiça-se tempo e gasta-se dinheiro. Negligencia-se a cultura do espírito e do coração. O caráter é considerado de menos importância que o vestido. É de infinito valor o ornamento de um espírito manso e quieto: e a pior das loucuras é gastar em frívolos empenhos nossas oportunidades de adquirir esse precioso ornamento da alma. TS1 597 1 Irmãs, podemos realizar uma nobre obra para Deus, se o quisermos. As mulheres não conhecem o poder que possuem. Deus não pretende que suas aptidões sejam todas absorvidas em indagar: Que comerei? que beberei? e com que me vestirei? Há para a mulher um mais elevado desígnio, mais grandioso destino. Ela deve cultivar e desenvolver as próprias faculdades; pois Deus as pode empregar na grande obra de salvar almas da ruína eterna. ... TS1 597 2 Mas o mal maior é a influência que se exerce sobre as crianças e os jovens. Ao virem ao mundo, por assim dizer, já se acham sujeitas às exigências da moda. As criancinhas ouvem mais de vestidos do que da salvação. Vêem as mães mais diligentes em consultar os figurinos do que a Bíblia. Fazem-se mais visitas à loja e à modista do que à igreja. A exibição do vestuário se torna de mais importância do que o adorno do caráter. Há rigorosas repreensões por sujar os finos trajes, e o espírito se torna impertinente, irritável sob as contínuas restrições. TS1 597 3 Um caráter deformado não preocupa tanto a mãe como um vestido sujo A criança ouve mais acerca de roupas do que da virtude; pois a mãe se acha mais familiarizada com a moda do que com seu Salvador. O exemplo dela rodeia muitas vezes os jovens com uma atmosfera envenenada. O vício, disfarçado sob as roupagens da moda, introduz-se entre os filhos. TS1 597 4 O vestuário simples fará com que uma mulher sensata se apresente sob o melhor aspecto. Julgamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do seu traje. O vestuário pomposo indica um espírito fraco e vaidoso. A mulher modesta e piedosa trajar-se-á modestamente, o fino gosto, o espírito culto, revelar-se-á na escolha do traje simples e apropriado. TS1 597 5 Existe um ornamento imperecível, o qual promoverá a felicidade das pessoas que convivem conosco, e manterá seu brilho no futuro. É o adorno de um espírito manso e humilde. Deus nos manda usar na alma o mais precioso vestido. A cada olhar ao espelho, deviam os adoradores da moda lembrar-se da negligência da alma. Toda hora desperdiçada, devia reprová-los por deixarem ao abandono o intelecto. Então poderia haver uma reforma que elevasse e enobrecesse todos os objetivos e desígnios da vida. Em lugar de buscar ornamentos de ouro para o exterior, cumpria fazer-se diligente esforço para obter aquela sabedoria que é mais valiosa que o fino ouro, sim, mais preciosa que os rubis. TS1 598 1 Os adoradores do altar da moda são dotados de pequena resistência de caráter e pouca energia física. Não vivem para qualquer objetivo elevado, e sua existência não preenche nenhum digno fim. Encontramos em toda parte mulheres cuja mente e coração se acham inteiramente absorvidos com o amor do vestuário e da ostentação. A alma feminina torna-se raquítica e amesquinhada, e seus pensamentos se centralizam no pobre e desprezível eu. Ao passar na rua uma jovem trajada na moda, observada por vários homens, um deles fez algumas perguntas a seu respeito. E a resposta foi: "Ela é um bonito adorno em casa de seu pai, mas não tem nenhuma utilidade." É deplorável que pessoas que professam ser discípulas de Cristo julguem coisa desejável imitar o vestuário e as maneiras desses ornamentos inúteis. TS1 598 2 Pedro dá valiosas instruções quanto ao vestuário das mulheres cristãs: "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus." 1 Pedro 3:3-5. Tudo quanto insistentemente vos recomendamos, é o cumprimento das recomendações da Palavra de Deus. Somos nós leitores da Bíblia, e seguidores de seus ensinos? Obedeceremos a Deus, ou nos conformaremos com os costumes do mundo? Serviremos a Deus ou a Mamom? Podemos nós esperar fruir paz de espírito e a aprovação de Deus, ao passo que andamos diretamente em contrário aos ensinos de Sua Palavra? TS1 599 1 O apóstolo Paulo exorta os cristãos a não se conformarem com o mundo, mas se transformarem pela renovação do entendimento: "para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus". Romanos 12:2. Alguns que professam ser filhos de Deus, no entanto, não sentem escrúpulos de se adaptarem aos costumes do mundo no uso de ouro e pérolas e vestidos preciosos. Os que são demasiado conscienciosos e não usam essas coisas são considerados como espíritos estreitos, supersticiosos, e mesmo fanáticos. É Deus, porém, que tem a condescendência de dar-nos essas instruções; elas são declarações da infinita Sabedoria; e os que as desconsideram fazem-no com perigo e perda para si mesmos. Os que se apegam aos adornos proibidos na Palavra de Deus, nutrem orgulho e vaidade no coração. Desejam atrair a atenção. Seu vestuário diz: Olhem para mim; admirem-me. Assim cresce decididamente a vaidade inerente ao coração humano, devido à condescendência. Quando a mente está firme na idéia de apenas agradar a Deus, desaparecem todos os desnecessários embelezamentos pessoais. TS1 599 2 O apóstolo coloca o adorno exterior em positivo contraste com um espírito manso e quieto, e dá então testemunho em favor do valor relativo deste -- "que é precioso diante de Deus". 1 Pedro 3:4. Há um claro contraste entre o amor aos adornos exteriores e a graça da mansidão, do espírito quieto. Unicamente quando buscamos em tudo conformar-nos à vontade de Deus, é que reinarão na alma essa paz e alegria. TS1 599 3 O amor do vestuário põe em perigo a moral, e torna a mulher um oposto da mulher cristã, caracterizada pela modéstia e a sobriedade. ... TS1 599 4 Cristo Se envergonha de Seus professos seguidores. Em que apresentamos qualquer semelhança com Ele? Em que nossa maneira de vestir se harmoniza com as exigências bíblicas? Não quero que recaiam sobre mim os pecados do povo, e darei à trombeta um sonido certo. Tenho por anos dado um testemunho claro e decidido acerca desse assunto, seja pela imprensa, seja da tribuna. Não me tenho esquivado a declarar todo o conselho de Deus. Preciso estar limpa do sangue de todos. O mundanismo e o orgulho que dominam por toda parte não servem de desculpa para um cristão fazer o que os outros fazem. Disse Deus: "Não seguirás a multidão para fazeres o mal." Êxodo 23:2. TS1 600 1 Não brinqueis, minhas irmãs, por mais tempo com vossa própria alma e com Deus. Foi-me mostrado que a principal causa de vossa apostasia é o amor que tendes ao vestuário. Isto leva à negligência de sérias responsabilidades, e mal vos achais possuidoras de uma centelha do amor de Deus no coração. Renunciai, sem demora, à causa de vosso desvio, pois é pecado contra vossa própria alma e contra Deus. Não vos endureçais pelo engano do pecado. A moda está deteriorando o intelecto e carcomendo a espiritualidade de nosso povo. A obediência à moda está penetrando nossas igrejas adventistas do sétimo dia, e fazendo mais que qualquer outro poder para separar nosso povo de Deus. Foi-me mostrado que as regras de nossa igreja são muito deficientes. Todas as manifestações de orgulho no vestuário, proibidas na Palavra de Deus, devem ser motivo suficiente para disciplina na igreja. Caso haja continuação em face de advertências e apelos e ameaças, perseverando a pessoa em seguir sua vontade perversa, isto poderá ser considerado como prova de que o coração não foi absolutamente levado à semelhança com Cristo. O eu, e unicamente o eu, é objeto de adoração, e um professo cristão assim induzirá muitos a se afastarem de Deus. TS1 600 2 Há sobre nós, como um povo, um terrível pecado -- termos permitido que os membros de nossa igreja se vistam de maneira incoerente com sua fé. Cumpre erguer-nos imediatamente, e fechar a porta contra as seduções da moda. A menos que isso façamos, nossas igrejas se tornarão desmoralizadas. ------------------------Capítulo 110 -- A aliança TS1 601 1 Alguns se têm preocupado com o uso da aliança, achando que as esposas de nossos pastores se devem conformar com este costume. Tudo isto é desnecessário. Possuam as esposas de pastores o áureo elo que as ligue a Jesus Cristo -- um caráter puro e santo, o verdadeiro amor e mansidão e piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e certa será em toda parte sua influência. O fato de o descaso desse costume ocasionar reparos, não é boa razão para adotá-lo. Os americanos podem fazer compreender sua atitude com o declarar positivamente que esse uso não é obrigatório em nosso país. Nós não precisamos usar este anel, pois não somos infiéis a nosso voto matrimonial, e o trazer a aliança não seria prova de sermos fiéis. Sinto profundamente esse processo de fermentação que parece estar em andamento entre nós, na conformidade com o costume e a moda. Nenhuma despesa deve ser feita com esse aro de ouro para testificar que somos casados. Nos países em que o costume for imperioso, não temos o encargo de condenar os que usarem sua aliança; que o façam, caso possam fazê-lo em boa consciência; não achem, porém, nossos missionários, que o uso da aliança lhes aumentará um jota ou um til a influência. Se eles são cristãos, isto se manifestará no cristianismo de seu caráter, suas palavras, suas obras, no lar e no convívio com os outros; isto se demonstrará por sua paciência e longanimidade e bondade. Eles manifestarão o espírito do Mestre, possuirão Sua beleza de caráter, a amabilidade de Sua disposição, Seu coração compassivo. ------------------------Capítulo 111 -- A formação do caráter TS1 602 1 A fortaleza de caráter consiste em duas coisas -- força de vontade, e domínio de si mesmo. Muito jovem confunde paixão forte, desenfreada, com fortaleza de caráter; o fato, porém, é que aquele que é dominado pelas paixões é um homem fraco. A genuína grandeza e nobreza do homem, mede-se pela força dos sentimentos que ele subjuga, não pela dos que o dominam. O homem mais forte é aquele que, embora sensível aos maus-tratos, ainda refreia a paixão e perdoa aos inimigos. Tais homens são verdadeiros heróis. TS1 602 2 Muitos têm tão imperfeita idéia quanto ao que se podem tornar, que permanecerão sempre raquíticos e estreitos quando, se aproveitassem as faculdades que Deus lhes concedeu, poderiam desenvolver caráter nobre, e exercer uma influência de molde a ganhar almas para Cristo. Conhecimento é poder; a capacidade intelectual, porém, sem bondade de coração, é uma força para o mal. TS1 602 3 Deus nos deu as faculdades intelectuais e morais que possuímos; mas toda pessoa é, em grande medida, o arquiteto do próprio caráter. Dia a dia a estrutura aumenta. A Palavra de Deus adverte-nos a cuidar em como construímos, para ver que nosso edifício se ache fundado sobre a Rocha Eterna. Aproxima-se o tempo em que a obra que fazemos se revelará tal qual é. Agora é o tempo de todos cultivarem as faculdades que Deus lhes deu, a fim de formarem caráter que seja útil aqui, e tenham uma vida mais elevada no porvir. TS1 602 4 Todo ato da vida, por mais insignificante, tem sua influência na formação do caráter. Um caráter bem formado é mais precioso que as posses mundanas; e moldá-lo é a obra mais nobre em que os homens se possam empenhar. TS1 603 1 O caráter formado segundo as circunstâncias, mutável e falto de harmonia -- uma massa de contradições. Seus possuidores não têm nenhum objetivo elevado ou propósito na vida. Não exercem nenhuma influência enobrecedora no caráter dos outros. São destituídos de finalidade e de poder. TS1 603 2 O pequeno prazo de vida que nos é aquinhoado aqui, deve ser aproveitado sabiamente. Deus quer que Sua igreja seja viva, consagrada, ativa. Nosso povo, porém, como um corpo, acha-se longe disto agora. Deus pede almas fortes, valorosas, cristãos vivos e laboriosos, que sigam o verdadeiro Modelo, e exerçam decidida influência em favor de Deus e do direito. Qual sagrado depósito, concedeu-nos o Senhor as mais importantes e solenes verdades, e devemos mostrar-lhes a influência sobre nossa vida e caráter. TS1 603 3 Nos jogos olímpicos para que o apóstolo Paulo nos chama a atenção, exigia-se dos que neles tomavam parte que se preparassem cabalmente. Eram durante meses exercitados por diferentes instrutores, nos exercícios físicos calculados a dar resistência e vigor ao corpo. Tinham de cingir-se a alimentos próprios para mantê-los nas condições mais saudáveis, e seu vestuário era de molde a deixar inteira liberdade a todo órgão e músculo. TS1 603 4 Ora, se os que se deviam empenhar em correr uma carreira que visava honras terrestres eram obrigados a submeterem-se a tão severa disciplina a fim de ser bem-sucedidos, quão mais necessário não é aos que se hão de empenhar na obra do Senhor, serem inteiramente disciplinados e preparados, se é que queiram ser vitoriosos! Sua preparação devia ser tão mais completa, seu zelo e abnegação nos esforços tanto maiores do que os dos aspirantes a honras mundanas, quanto as coisas celestes são de maior valor que as terrena. A mente, bem como os músculos, devem ser exercitados para os mais diligentes e perseverantes esforços. A estrada do êxito não é um caminho suave, por onde somos conduzidos em carros palacianos; é antes uma trilha acidentada, cheia de obstáculos que só podem ser transpostos com paciente labor. -- Testimonies for the Church 5:551, 552 (1889). TS1 604 1 Quão pouco sabemos acerca do efeito que nossos atos terão sobre nossa futura história e a dos outros! Muitos pensam ser de pouca conseqüência o que eles façam. Não lhes faz mal nenhum o assistirem a este concerto, ou se unirem com o mundo naquele divertimento, caso o desejem fazer. Assim Satanás lhes dirige e controla os desejos, e eles não consideram que os resultados podem ser os mais momentosos. Isso poderá ser o elo na cadeia dos acontecimentos que ligam uma alma aos laços de Satanás, e lhe determina a ruína eterna. TS1 604 2 Todo ato, embora pequeno, tem seu lugar no grande drama da vida. Considerai que o desejo de uma única satisfação do apetite, introduziu o pecado no mundo, com seus terríveis resultados. Os casamentos profanos dos filhos de Deus com as filhas dos homens, deram em resultado a apostasia que terminou com a destruição do mundo pelo dilúvio. O mais insignificante ato de condescendência com o próprio eu tem resultado em grandes revoluções. É o que acontece agora. Poucos há que sejam prudentes. Como os filhos de Israel, não dão ouvidos aos conselhos, mas seguem as próprias inclinações. Unem-se a um elemento mundano no assistir a reuniões em que se porão em evidência, e assim abrem o caminho que será seguido por outros. O que foi feito uma vez, será repetido por eles e por muitos outros. Todo passo dado por essas pessoas produz impressão perdurável, não só em sua própria consciência e hábitos, como nos dos outros. Esta consideração imprime solene dignidade à vida humana. -- Testimonies for the Church 5:92, 93 (1882). TS1 604 3 Seremos, individualmente, para o tempo e a eternidade, o que nossos hábitos fizerem de nós. A vida dos que formam bons hábitos, e são fiéis no cumprimento de todo dever, será como luz brilhante, lançando raios vivos na senda dos outros; caso, porém, haja condescendência com hábitos de infidelidade, se se permitem fortalecer os hábitos frouxos, indolentes e descuidados, assentará sobre as perspectivas dessa vida uma nuvem mais sombria que a meia-noite, a qual excluirá para sempre a vida futura. -- Testimonies for the Church 4:452 (1880). TS1 605 1 A Bíblia inteira é uma revelação da glória de Deus em Cristo. Recebida, crida e obedecida, é o grande instrumento na transformação do caráter. E é o único meio seguro de cultura intelectual. -- Testimonies for the Church 8:319 (1904). TS1 605 2 A religião de Cristo jamais degrada o que a recebe; não o faz nunca vulgar ou rude, descortês ou presunçoso, apaixonado ou duro de coração. Ao contrário, apura-lhe o gosto, santifica o critério, purifica e enobrece os pensamentos, levando-os cativos a Cristo. O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que o possa conceber o mais elevado pensamento humano. Em Sua santa lei, Ele deu um traslado do próprio caráter. -- Testimonies for the Church 8:63 (1904). TS1 605 3 O ideal do caráter cristão é semelhança com Cristo. Acha-se aberta diante de nós uma senda de progresso contínuo. Temos um objetivo a atingir, uma norma a alcançar, a qual inclui tudo quanto é bom, puro, nobre e elevado. Deve haver contínuo esforço e constante progresso para diante e para cima, rumo à perfeição do caráter. -- Testimonies for the Church 8:64 (1904). ------------------------Testemunhos Seletos 2 TS2 5 1 Prefácio TS2 11 1 Capítulo 1 -- O dia do Senhor está perto TS2 19 1 Capítulo 2 -- Inveja e crítica TS2 22 1 Capítulo 3 -- Condenadas a inveja e a crítica TS2 27 1 Capítulo 4 -- Cooperadores de Deus TS2 33 1 Capítulo 5 -- Agentes de Satanás TS2 40 1 Capítulo 6 -- Roubará o homem a Deus? TS2 45 1 Capítulo 7 -- Diligência na ocupação TS2 50 1 Capítulo 8 -- Consultaremos médicos espíritas? TS2 59 1 Capítulo 9 -- Olhando a Jesus TS2 62 1 Capítulo 10 -- O selo de Deus TS2 72 1 Capítulo 11 -- Um apelo TS2 77 1 Capítulo 12 -- Unidade cristã TS2 91 1 Capítulo 13 -- Cristo, nossa justiça TS2 96 1 Capítulo 14 -- Crescimento cristão TS2 101 1 Capítulo 15 -- Tempos que provam a alma dos homens TS2 103 1 Capítulo 16 -- Guardai-vos de ensinos errôneos TS2 108 1 Capítulo 17 -- "Louvai ao Senhor" TS2 113 1 Capítulo 18 -- O amor entre os irmãos TS2 119 1 Capítulo 19 -- Casamento com infiéis TS2 126 1 Capítulo 20 -- O verdadeiro espírito missionário TS2 132 1 Capítulo 21 -- Negócio e religião TS2 140 1 Capítulo 22 -- A disposição mundana, um laço TS2 142 1 Capítulo 23 -- Responsabilidades do médico TS2 149 1 Capítulo 24 -- A crise vindoura TS2 155 1 Capítulo 25 -- A igreja, a luz do mundo TS2 170 1 Capítulo 26 -- Josué e o anjo TS2 180 1 Capítulo 27 -- A importância do Sábado TS2 186 1 Capítulo 28 -- Guardar os interesses dos irmãos TS2 193 1 Capítulo 29 -- O comportamento na casa de Deus TS2 204 1 Capítulo 30 -- Piedade prática TS2 214 1 Capítulo 31 -- "Vosso culto racional" TS2 216 1 Capítulo 32 -- Sonho impressionante TS2 218 1 Capítulo 33 -- Elementos de êxito na causa de Deus TS2 225 1 Capítulo 34 -- Educação de obreiros TS2 232 1 Capítulo 35 -- "A aparência do mal" TS2 246 1 Capítulo 36 -- Amor para com os que erram TS2 257 1 Capítulo 37 -- A prosperidade da igreja TS2 265 1 Capítulo 38 -- O pecado contra o Espírito Santo TS2 267 1 Capítulo 39 -- A presença de Deus, uma realidade TS2 270 1 Capítulo 40 -- Natureza e influência dos testemunhos TS2 294 1 Capítulo 41 -- Distinção descabida TS2 303 1 Capítulo 42 -- Os mistérios da Bíblia -- Prova de sua inspiração TS2 318 1 Capítulo 43 -- O conflito impendente TS2 326 1 Capítulo 44 -- O inestimável dom TS2 334 1 Capítulo 45 -- O caráter de Deus revelado em Cristo TS2 344 1 Capítulo 46 -- O verbo se fez carne TS2 348 1 Capítulo 47 -- Solicitude de Deus por sua obra TS2 355 1 Capítulo 48 -- A igreja remanescente não é Babilônia TS2 364 1 Capítulo 49 -- O propósito de Deus na igreja TS2 369 1 Capítulo 50 -- A obra para o presente tempo TS2 378 1 Capítulo 51 -- A reunião campal TS2 386 1 Capítulo 52 -- O trabalho pelas classes mais altas TS2 389 1 Capítulo 53 -- O batismo TS2 398 1 Capítulo 54 -- A obra de temperança TS2 401 1 Capítulo 55 -- Mulheres como obreiras evangélicas TS2 406 1 Capítulo 56 -- O ensino da religião doméstica TS2 407 1 Capítulo 57 -- A parábola da ovelha perdida TS2 409 1 Capítulo 58 -- A necessidade de reforma educativa TS2 419 1 Capítulo 59 -- Obstáculos à reforma TS2 425 1 Capítulo 60 -- O caráter e a obra do professor TS2 429 1 Capítulo 61 -- Palavras de um instrutor celeste TS2 434 1 Capítulo 62 -- Internatos escolares TS2 442 1 Capítulo 63 -- A reforma industrial TS2 447 1 Capítulo 64 -- A fazenda da escola de Avondale TS2 452 1 Capítulo 65 -- Escolas junto às igrejas TS2 465 1 Capítulo 66 -- A direção e as finanças da escola TS2 477 1 Capítulo 67 -- O desígnio de Deus quanto a nossas instituições médicas TS2 486 1 Capítulo 68 -- O trabalho do médico, por almas TS2 492 1 Capítulo 69 -- A necessidade do mundo TS2 499 1 Capítulo 70 -- A necessidade da igreja TS2 507 1 Capítulo 71 -- Nosso dever para com os domésticos da fé TS2 511 1 Capítulo 72 -- Nosso dever para com o mundo TS2 519 1 Capítulo 73 -- O cuidado dos órfãos TS2 526 1 Capítulo 74 -- A obra médico-missionária e a terceira mensagem angélica TS2 532 1 Capítulo 75 -- A importância da obra da colportagem TS2 536 1 Capítulo 76 -- Qualificações do colportor TS2 540 1 Capítulo 77 -- O colportor, um obreiro evangélico TS2 545 1 Capítulo 78 -- Reavivamento da obra da colportagem TS2 557 1 Capítulo 79 -- A Escola Sabatina TS2 568 1 Capítulo 80 -- Ser hospitaleiro ------------------------Prefácio TS2 5 1 O período de dezenove anos, através do qual se estendem os conselhos contidos neste volume, foi tempo de expansão na obra dos adventistas do sétimo dia. Estabeleceram-se em décadas anteriores os fundamentos da doutrina, organizou-se a obra da igreja, iniciando-se o trabalho nos ramos principais das atividades da igreja, como o de publicações, médico e educacional. Começavam a apresentar-se ante nós as oportunidades para o trabalho missionário no estrangeiro. TS2 5 2 As instruções proporcionadas através deste período crítico, para guiar e guardar a igreja, edificando os seus membros, falam ao nosso coração hoje, quando se nos apresentam semelhantes oportunidades, problemas e responsabilidades. TS2 5 3 Como no volume 1, os capítulos aparecem em sua ordem cronológica. A data da primeira publicação e a referência à fonte são dadas no rodapé de cada capítulo. A maior parte da matéria do presente volume foi selecionada de Testimonies for the Church, tomos quatro, cinco e seis. Entretanto, quatro capítulos foram extraídos de outros artigos da Sra. E. G. White, em livros e periódicos. TS2 5 4 Que estes conselhos levem os adventistas do sétimo dia, em redor do mundo, a mais elevadas normas e mais fervoroso serviço, é o férvido desejo dos editores e dos Depositários do Patrimônio Literário de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- O dia do Senhor está perto TS2 11 1 "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor: amargosamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de buzina e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor." Sofonias 1:14-17. TS2 11 2 "E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que estão assentados sobre as suas fezes, que dizem no seu coração: O Senhor não faz bem nem faz mal." V. 12. TS2 11 3 "Congrega-te, sim, congrega-te, ó nação que não tens desejo, antes que saia o decreto e o dia passe como a pragana, antes que venha sobre vós a ira do Senhor, sim, antes que venha sobre vós o dia da ira do Senhor. Buscai ao Senhor vós, todos os mansos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo: buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor." Sofonias 2:1-3. TS2 11 4 Estamos perto da consumação dos tempos. Foi-me mostrado que os juízos retributivos de Deus já estão caindo sobre a Terra. O Senhor nos advertiu quanto aos acontecimentos que estão prestes a ocorrer. Luz irradia de Sua Palavra, contudo as trevas cobrem a Terra e densa escuridão os povos. "Quando disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá repentina destruição... e de modo nenhum escaparão." TS2 11 5 É o nosso dever inquirir a causa de tão terríveis trevas, a fim de podermos evitar os caminhos pelos quais os homens acalentaram tão grande ilusão. Deus deu ao mundo uma oportunidade de conhecer e de obedecer a Sua vontade. Deu-lhe em Sua Palavra a luz da verdade e lhe enviou advertências, conselhos e exortações; mas poucos obedecerão a Sua voz. Como a nação judaica, a maioria dos cristãos professos se gloria de suas superiores vantagens, porém não se mostra grata a Deus por essas grandes bênçãos. Em infinita misericórdia uma última mensagem de advertência tem sido enviada ao mundo, anunciando que Cristo está às portas e chamando a atenção para a quebrantada lei de Deus. Mas como os antediluvianos rejeitaram com mofa a advertência de Noé, assim os amantes dos prazeres hoje em dia hão de rejeitar a mensagem dos fiéis servos de Deus. O mundo segue o seu curso inalterável, absorvido como sempre em seus negócios e prazeres, enquanto a ira divina está prestes a ser derramada sobre os transgressores de Sua lei. Olhai por vós TS2 12 1 Nosso compassivo Redentor, prevendo os perigos que haviam de cercar Seus seguidores neste tempo, lhes dirige esta admoestação especial: "Olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra. Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." Lucas 21:34-36. Se a igreja tomar por um caminho idêntico ao do mundo, virá a partilhar a mesma sorte; ainda mais: como recebeu maior luz, seu castigo será maior do que o dos impenitentes. TS2 12 2 Nós, como povo, professamos possuir mais verdades do que qualquer outro na Terra. Neste caso, nossa conduta e caráter devem também corresponder à nossa profissão. Está próximo o dia em que os justos, qual semente preciosa, hão de ser ajuntados para os celeiros celestiais, enquanto os ímpios, à semelhança do joio, o serão para o fogo do grande dia. Mas o trigo e o joio deverão "crescer ambos juntos até à ceifa". TS2 13 1 No desempenho de seus deveres cotidianos, os justos hão de estar, até o fim, em contato com os ímpios. Os filhos da luz estão espalhados entre os das trevas para que o contraste salte aos olhos de todos. É assim que os filhos de Deus devem anunciar "as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz". O amor divino, ardendo em seu coração, a harmonia à semelhança de Cristo manifestada em sua vida, será como um vislumbre do Céu concedido aos homens do mundo, para que possam apreciar sua excelência. TS2 13 2 Coisas semelhantes mutuamente se atraem. Os que beberem da mesma fonte de bênçãos hão de unir-se entre si. A verdade, habitando no coração dos crentes, há de conduzir a uma abençoada e feliz unificação. Deste modo a oração de Cristo, pedindo que Seus discípulos fossem um como Ele o é com o Pai, será atendida. Por essa unidade espiritual, toda alma verdadeiramente convertida há de suspirar. TS2 13 3 Entre os ímpios, porém, há de prevalecer uma harmonia ilusória que só em parte encobrirá a perpétua discórdia. Achar-se-ão unidos na sua oposição à vontade e à verdade divinas, mas quanto ao mais estarão divididos pelo ódio, emulação, inveja e contenda mortal. TS2 13 4 O metal precioso e o comum estão agora de tal modo misturados, que somente o olhar perscrutador do infinito Deus pode com certeza discernir entre um e outro. Mas o ímã moral da santidade e verdade há de atrair e reunir o metal puro, ao mesmo tempo que repelirá a escória e o falso. Falsa segurança TS2 13 5 "O... dia do Senhor está perto,... e se apressa muito" (Sofonias 1:14); onde está, porém, o verdadeiro espírito do advento? Quem se está preparando para subsistir nesse tempo de tentação que se acha iminente? O povo a quem Deus confiou as sagradas, solenes e probantes verdades para este tempo está dormindo em seu posto. Por seu procedimento, diz: "Tenho a verdade", "rico sou e estou enriquecido, e de nada tenho falta", ao passo que a testemunha verdadeira o adverte: "Não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Apocalipse 3:17. TS2 14 1 Com que fidelidade retratam essas palavras a presente condição da igreja! "Não sabes que és desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Pelos servos do Senhor são transmitidas mensagens de advertência ditadas pelo Espírito Santo, e descobertos defeitos de caráter aos que se têm desviado; eles, entretanto, dizem: "Isto não se aplica ao meu caso. Recuso a mensagem que me transmitis. Estou fazendo o melhor que posso. Creio na verdade." TS2 14 2 Aquele mau servo que em seu coração diz: "Meu Senhor tarde virá" (Mateus 24:48), professa estar esperando a Cristo. É um "servo" que só aparentemente se dedica ao serviço de Deus, enquanto no coração se entregou a Satanás. Diferente dos escarnecedores, não nega abertamente a verdade, mas pela conduta revela o desejo que sente de que a vinda do Senhor se dilate. A presunção torna-o descuidoso dos interesses eternos. Adota as máximas do mundo e se conforma às suas práticas e costumes. O egoísmo, o orgulho e as ambições mundanas nele predominam. Temendo que seus irmãos lhe levem alguma vantagem, deprecia-lhes os esforços e impugna-lhes as razões. Deste modo espanca seus conservos. À proporção que se vai alienando do povo de Deus, une-se mais aos ímpios. É achado comendo e bebendo "com os temulentos" -- associando-se com o mundo cujo espírito compartilha. Deste modo é embalado numa segurança carnal, e vencido pela negligência, indiferença e ociosidade. TS2 14 3 A causa propriamente dita do mal foi a negligência da vigilância e da oração secreta, a que sucedeu naturalmente a negligência de outros deveres religiosos, sendo assim aparelhado o caminho para todos os pecados subseqüentes. Cada cristão é assediado pelas seduções do mundo, pelas solicitações da natureza carnal e por tentações diretas de Satanás. Ninguém está livre dessas coisas. Não importa qual tenha sido a nossa experiência, não importa quão elevada a nossa posição, precisamos vigiar e orar continuamente. Temos de ser diariamente guiados pelo Espírito de Deus, ou havemos de ser dirigidos por Satanás. Advertência solene TS2 15 1 As instruções do Salvador aos discípulos foram dadas em benefício de Seus seguidores de todos os tempos. Tinha em vista os que viveriam próximo ao fim do tempo, quando disse: "Olhai por vós." É nossa tarefa acariciar no coração, cada qual por si, os preciosos dons do Espírito. TS2 15 2 Satanás está trabalhando com inabalável perseverança e intenso ardor, a fim de atrair para suas fileiras os seguidores professos de Cristo. Está operando "com todo o engano da injustiça para os que perecem". Satanás não é, porém, o único instrumento pelo qual é sustentado o reino das trevas. Qualquer que convide ao pecado é um tentador. Qualquer que imitar o grande embusteiro se torna seu auxiliar. Os que emprestam sua influência para favorecer uma obra má, estão prestando um serviço a Satanás. TS2 15 3 Os atos revelam princípios e motivos. Os frutos apresentados por muitos que pretendem ser plantas na vinha do Senhor, revelam que são apenas espinheiros e abrolhos. Toda uma igreja poderá sancionar o procedimento errado de alguns de seus membros, mas essa sanção não prova que seu erro seja justo. Ela não pode colher uvas dos espinheiros. TS2 15 4 Se alguns dos que professam crer na verdade presente, pudessem compreender sua verdadeira condição, haviam de desesperar da misericórdia divina. Têm estado exercendo toda a sua influência contra a verdade, a voz de admoestação e o povo de Deus. Estiveram a fazer deste modo a obra de Satanás. Muitos se tornaram de tal modo envaidecidos em virtude de seus enganos, que jamais se poderão reabilitar. Semelhante estado de apostasia não pode prevalecer sem acarretar a ruína de muitas almas. TS2 15 5 A igreja tem recebido advertências umas após outras. Os deveres que tem e os perigos que corre o povo de Deus foram claramente expostos. Entretanto, o elemento mundano está nela agindo fortemente. Costumes, práticas e modas que tendem a desviar a alma de Deus há anos que têm estado lançando raízes, a despeito das advertências e exortações do Espírito divino, e, afinal, seus caminhos se tornaram retos aos seus próprios olhos, e a voz do Espírito mal é ouvida. Ninguém pode prever até onde se embrenhará no pecado quando uma vez se tiver rendido ao poder do grande enganador. Satanás penetrou em Judas Iscariotes e induziu-o a trair seu Senhor. Induziu Ananias e Safira a mentir ao Espírito Santo. Os que não estiverem inteiramente consagrados a Deus, podem ser levados a fazer a obra de Satanás, ao passo que se jactam de estar fazendo a obra de Cristo. TS2 16 1 Irmãos e irmãs, eu vos exorto: "Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé." Provai-vos a vós mesmos. A fim de conservar o calor e a pureza do amor de Cristo, haveis mister de constante suprimento da graça divina. Tendes envidado todos os esforços para que "a vossa caridade abunde mais e mais... para que aproveis as coisas excelentes", "cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus"? Filipenses 1:9-11. TS2 16 2 Muitos que deviam tomar atitude decisiva do lado da justiça e da verdade, manifestaram fraqueza e indecisão, que acoroçoaram os assaltos de Satanás. Os que deixam de crescer na graça, não se esforçando por atingir o mais alto padrão da perfeição divina, serão vencidos. Do que a igreja carece TS2 16 3 O mundo é para os cristãos um país de estrangeiros e inimigos. Se não se revestirem da armadura de Deus e cingirem a espada do Espírito, tornar-se-ão presa das potências das trevas. A fé de todos há de ser provada. Todos deverão ser provados como o ouro o é pelo fogo. TS2 16 4 A igreja se compõe de homens e mulheres imperfeitos e cheios de fraquezas que requerem a prática constante de caridade e contemplação. Mas já há muito que reina uma atmosfera de mornidão espiritual. Penetrou na igreja um espírito mundano, seguido por frieza recíproca, acusações mútuas, maldades, contendas e iniqüidade. TS2 17 1 Se se pregassem menos sermões da parte de homens não consagrados no coração e vida e se devotasse mais tempo a humilhar a alma diante de Deus, haveria esperança de que o Senhor acudisse em vosso auxílio, a fim de sarar-vos da vossa apostasia. Muitas das pregações destes últimos tempos produzem uma segurança fictícia. Os importantes interesses da causa de Deus não podem ser sabiamente tratados pelos que mantêm tão pouca real ligação com Ele como o têm feito alguns de nossos ministros. Confiar a obra a tais pessoas seria o mesmo que entregar a crianças o comando de grandes navios no mar. Pessoas destituídas de sabedoria divina e do poder vivificante de Deus, não são competentes para conduzir a nau do evangelho por entre escolhos e tempestades. A igreja está atravessando um período de sério conflito, mas a despeito do perigo muitos estariam dispostos a confiar sua direção a pessoas que certamente a fariam soçobrar. Necessitamos agora de um piloto a bordo, porquanto, estamos nos aproximando do porto. Como um povo, devemos ser a luz do mundo, mas quantos são como as virgens loucas, que não levaram azeite nos vasos com suas lâmpadas! Oxalá o Senhor, abundante em misericórdia e cheio de perdão, tenha piedade de nós e nos salve, para que não venhamos a partilhar a sorte dos ímpios! TS2 17 2 Neste tempo de lutas e provações, precisamos de todo o apoio e consolação que podemos derivar de princípios justos, convicções religiosas estabelecidas, certeza íntima do amor de Cristo e rica experiência nas coisas divinas. TS2 17 3 Só chegaremos à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus em resultado de um crescimento constante na graça divina. TS2 17 4 Oh! que poderei eu dizer a fim de vos abrir os olhos cegados e iluminar o entendimento espiritual? O pecado deve ser crucificado. Uma transformação moral completa tem de ser operada pelo Espírito divino. Devemos compenetrar-nos do amor de Deus, e ter fé viva e perseverante -- que é o ouro provado pelo fogo. Só o podemos obter de Cristo. Todo o que sincera e diligentemente buscar estas coisas, tornar-se-á participante da natureza divina. Sua alma se encherá de ardente desejo de conhecer a plenitude do amor que sobrepuja todo o entendimento. À proporção que for crescendo na vida espiritual, será mais perfeitamente capaz de compreender as elevadas e enobrecedoras verdades da Palavra de Deus, até que, pela contemplação, seja transformado e se torne apto a refletir a semelhança de seu Salvador. ------------------------Capítulo 2 -- Inveja e crítica TS2 19 1 A inveja não é meramente uma perversidade do gênio, mas uma indisposição que perturba todas as faculdades. Começou com Satanás. Ele desejou ser o primeiro no Céu e, como não alcançasse todo o poder e glória que buscava, rebelou-se contra o governo de Deus. Invejou nossos primeiros pais, tentando-os ao pecado, e assim os arruinou, e a todo o gênero humano. TS2 19 2 O invejoso fecha os olhos às boas qualidades e nobres ações dos outros. Está sempre pronto a desprezar e representar falsamente aquilo que é excelente. Os homens muitas vezes confessam e abandonam outras faltas; do homem invejoso, porém, pouco se pode esperar. Visto como invejar a alguém é admitir que ele é superior, o orgulho não tolerará nenhuma concessão. Se for feita uma tentativa de convencer de seu pecado a pessoa invejosa, ela se torna ainda mais amarga contra o objeto de sua paixão, e muitas vezes permanece incurável. TS2 19 3 O invejoso espalha veneno aonde quer que vá, separando amigos, e suscitando ódio e rebelião contra Deus e o homem. Procura ser considerado o melhor e o maior, não mediante heróicos e abnegados esforços por alcançar ele mesmo o alvo da excelência, mas sim ficando onde está e diminuindo o mérito dos outros. ... TS2 19 4 A língua que se deleita no dano que causa, a língua parladora que diz: Conte, e eu o espalharei, diz o apóstolo Tiago que é inflamada do inferno. Espalha tições de fogo por toda parte. Que se importa o tagarela se ele difama o inocente? Ele não deterá sua obra iníqua, embora destrua a esperança e o ânimo naqueles que já se estão a submergir sob as suas cargas. Só se lhe dá condescender com a sua inclinação de amar o escândalo. Mesmo professos cristãos fecham os olhos a tudo que é puro, honesto, nobre e amável, entesourando tudo que é objetável e desagradável, e publicando-o ao mundo. ... Atitude generosa para com todos TS2 20 1 Quando damos ouvidos a uma difamação contra nosso irmão, somos responsáveis pela mesma. À pergunta: "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte?" responde o salmista: "Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo." Salmos 15:1-3. TS2 20 2 Que mundo de vã tagarelice seria evitado, se todo homem se lembrasse de que aqueles que lhe contam as faltas dos outros, com a mesma sem-cerimônia publicarão as faltas dele, em se apresentando oportunidade! Devemos esforçar-nos por pensar bem de todos os homens, especialmente de nossos irmãos, até que sejamos forçados a pensar de outro modo. Não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são muitas vezes resultado de inveja ou mal-entendidos, ou podem proceder de exageros ou de uma exposição de fatos tendenciosa. O ciúme e a suspeita, uma vez se lhes tendo dado lugar, espalhar-se-ão aos quatro ventos, como as sementes de cardo. Se um irmão se desvia, é então ocasião de nele mostrardes vosso real interesse. Ide ter com ele bondosamente, orai com ele e por ele, lembrados do preço infinito que Cristo pagou por sua redenção. Deste modo podereis salvar da morte uma alma e cobrir multidão de pecados. TS2 20 3 Um olhar, uma palavra, mesmo uma inflexão da voz, podem ser a expressão da falsidade, cravando-se qual seta farpada em algum coração, infligindo-lhe ferida incurável. Assim uma dúvida, uma difamação, pode ser lançada sobre uma pessoa por intermédio da qual Deus iria realizar uma boa obra, prejudicando-lhe a influência e destruindo-lhe a utilidade. Entre algumas espécies de animais, se um dentre eles é ferido e cai, é imediatamente atacado e rasgado em pedaços por seus companheiros. No mesmo espírito cruel condescendem homens e mulheres que tomam o nome de cristãos. Manifestam um zelo farisaico em apedrejar outros menos culpados que eles. Alguns há que apontam para as faltas e fracassos alheios, a fim de distrair a atenção dos outros dos seus próprios, ou para serem considerados muito zelosos em prol de Deus e da igreja. ------------------------Capítulo 3 -- Condenadas a inveja e a crítica TS2 22 1 Punge-me dizer que existem entre os membros de igreja línguas desenfreadas. Há línguas falsas, que se alimentam com a maldade. Há línguas astutas, que segredam. Há loquacidade, impertinente intrometimento, insinuações hábeis. Entre os amantes da tagarelice, alguns são atuados pela curiosidade, outros pela inveja, muitos pelo ódio contra aqueles por meio dos quais Deus falou para os reprovar. Todos estes elementos discordantes estão a trabalhar. Alguns ocultam seus sentimentos reais, enquanto outros estão ansiosos por divulgar tudo que sabem, ou mesmo suspeitam, dos males alheios. TS2 22 2 Vi que o próprio espírito de perjúrio, capaz de transformar a verdade em falsidade, o bem em mal, e em crime a inocência, está agora ativo. Satanás exulta sobre a condição do professo povo de Deus. Enquanto muitos negligenciam sua própria alma, vigiam ansiosamente por uma oportunidade para criticar e condenar os outros. Todos têm defeitos de caráter, e não é difícil descobrir alguma coisa que a inveja pode interpretar para seu mal. "Ora", dizem esses juízes por iniciativa própria, "temos fatos. Far-lhes-emos uma acusação da qual não se poderão livrar." Aguardam uma oportunidade apropriada e então põem em ação seu feixe de boatos e expõem sua prosa. TS2 22 3 Em seu empenho por apresentar um ponto, pessoas que têm por natureza uma imaginação forte, estão em perigo de se enganarem a si mesmas e aos outros. Apanham expressões que outros tiveram em momento descuidado, despercebidos de que as palavras podem ser pronunciadas precipitadamente, não refletindo assim os verdadeiros sentimentos de quem as proferiu. Mas essas observações não ponderadas, muitas vezes tão banais que não merecem atenção, são olhadas através da lente de Satanás, são meditadas e repetidas, até que montículos de toupeiras se transformam em montanhas. Separados de Deus, os suspeitadores do mal tornam-se joguete da tentação. Mal sabem a força que têm os seus sentimentos, nem o efeito de suas palavras. Enquanto condenam os erros alheios, condescendem eles mesmos com erros muito maiores. "A coerência é uma jóia." TS2 23 1 Não existe então nenhuma lei de bondade que deva ser observada? Foram os cristãos autorizados por Deus a criticarem-se e condenarem-se mutuamente? Será honroso, ou mesmo honesto, extorquir dos lábios de alguém, à guisa de amizade, segredos que lhe foram confiados, e em seguida fazer reverter em seu prejuízo o conhecimento assim alcançado? Será caridade cristã, apanhar todo boato que por aí flutue, desenterrar tudo que lance suspeita sobre o caráter de outro, e então ter prazer em empregá-lo para o prejudicar? Satanás exulta quando pode difamar ou ferir um seguidor de Cristo. Ele é o "acusador dos irmãos". Deverão os cristãos ajudá-lo em sua obra? TS2 23 2 Os olhos de Deus, que tudo vêem, notam os defeitos de todos e a paixão dominante de cada qual; contudo, tem paciência com os nossos erros, e compadece-Se de nossa fraqueza. Ele ordena ao Seu povo que nutra o mesmo espírito de ternura e paciência. Os cristãos verdadeiros não exultarão em expor as faltas e deficiências de outros. Afastar-se-ão da vileza e deformidade, para fixar a mente naquilo que é atraente e amável. Para o cristão todo ato de crítica, toda palavra de censura ou condenação, são penosos. TS2 23 3 Sempre tem havido homens e mulheres que professam a verdade, e no entanto não conformaram a vida com sua influência santificadora; homens infiéis, e no entanto enganam-se a si mesmos, e encorajam-se no pecado. A incredulidade é vista em sua vida, em seu comportamento e no caráter, e este mal terrível atua como uma gangrena. Critiquemo-nos a nós mesmos, não aos outros TS2 23 4 Se todos os cristãos professos usassem suas faculdades investigadoras para ver quais os males que neles mesmos carecem de correção, em vez de falar nos erros alheios, existiria na igreja hoje uma condição mais saudável. Há os que são honestos quando isso nada lhes custa, mas quando a astúcia dá melhores dividendos, esquecem-se da honestidade. A honestidade e a astúcia não atuam juntas na mesma mente. A seu tempo, ou a astúcia será expelida dominando então supremas a verdade e a honestidade, ou, se a astúcia for nutrida, jazerá esquecida a honestidade. Jamais ambas se acham em harmonia; nada têm em comum. Uma é o profeta de Baal, a outra o verdadeiro profeta de Deus. Quando o Senhor juntar Suas jóias, os verdadeiros, os francos, os honestos serão por Ele contemplados com prazer. Anjos se acham empenhados em fazer coroas para eles, e sobre essas coroas adornadas de estrelas se refletirá, com esplendor, a luz que irradia do trono de Deus. TS2 24 1 Nossos irmãos dirigentes são muitas vezes molestados com a narração de questões na igreja, e eles mesmos freqüentes vezes a elas se referem em seus sermões. Não deveriam encorajar os membros da igreja a queixarem-se uns dos outros, mas sim colocá-los como vigias de suas próprias ações. Ninguém deve permitir que seus sentimentos ou preconceitos e ressentimentos sejam despertados pela narração de erros alheios; todos devem esperar pacientemente até que tenham ouvido ambos os lados da questão, e então só acreditar o que os fatos reais os levem a crer. Em todos os tempos, o procedimento seguro não é ouvir um relatório mau, antes que a regra da Bíblia tenha sido executada estritamente. Isto se aplica a alguns que trabalharam artificiosamente para extorquir alguma coisa dos que nada suspeitam, sobre assuntos com que nada têm que ver, e cujo conhecimento nenhum bem lhes faz. TS2 24 2 Por amor de vossa alma, meus irmãos, tende em vista apenas a glória de Deus. Deixai fora de vossas cogitações, tanto quanto possível, o próprio eu. Aproximamo-nos do fim do tempo. Examinai vossos motivos à luz da eternidade. Bem sei que deveis ser despertados; estais vos desviando das veredas antigas. Vossa ciência, assim chamada, está solapando o alicerce do princípio cristão. Tem-me sido mostrado o procedimento que certamente seguiríeis, no caso de vos desligardes de Deus. Não confieis em vossa própria sabedoria. Digo-vos que vossa alma está em perigo iminente. Por amor de Cristo, esquadrinhai e vede porque é que tendes tão pouco amor aos exercícios religiosos. TS2 25 1 O Senhor está experimentando e provando Seu povo. Podeis ser severos e críticos com o vosso próprio caráter defeituoso, o quanto quiserdes; sede, porém, bondosos, misericordiosos e corteses para com os outros. Indagai todos os dias: Sou reto até ao âmago, ou sou de coração falso? Suplicai ao Senhor que vos salve de todo engano nesse ponto. Acham-se nisso envolvidos interesses eternos. Ao passo que tantos anseiam honras e ambicionam o ganho, buscai vós, meus amados irmãos, ansiosamente a certeza do amor de Deus, e clamai: Quem me mostrará como tornar certa minha vocação e eleição? TS2 25 2 Satanás estuda cuidadosamente os pecados constitucionais dos homens, e a seguir começa seu trabalho de os seduzir e enlaçar. Estamos no mais grosso da tentação, mas há vitória para nós se varonilmente travarmos as batalhas do Senhor. Todos estão em perigo. Mas se andares humilde e devotamente, emergireis do processo de prova mais preciosos do que o ouro puro, sim, do que o ouro fino de Ofir. Se fordes descuidosos e negligenciardes a oração, sereis como o sino que tine e o címbalo que soa. TS2 25 3 Alguns quase que se têm perdido nas malhas do cepticismo. A esses eu diria: Levantai vosso espírito para além desse sulco. Prendei-o em Deus. Quanto mais intimamente a fé e a santidade vos ligarem ao Eterno, tanto mais clara e brilhante vos parecerá a justiça de Seu trato. Fazei da vida, da vida eterna, o objeto de vossa perseguição. TS2 25 4 Conheço vosso perigo. Se perderdes a confiança nos testemunhos, descaireis das verdades da Bíblia. Tenho temido que muitos assumiriam uma atitude questionante, duvidosa, e em minha aflição por vossa alma, quero advertir-vos. Quantos atenderão à advertência? De acordo com vossa atitude atual para com os testemunhos, porventura no caso de vos ser dado um testemunho contrário a vosso pensar, corrigindo vossos erros, sentir-vos-íeis na perfeita liberdade de aceitar ou rejeitar qualquer parte, ou todo ele? Aquilo que menos inclinados vos achais a receber, é justamente a parte mais necessária. Deus e Satanás jamais trabalham em parceria. Os testemunhos, ou trazem o sinete de Deus, ou o de Satanás. Uma árvore boa não pode produzir fruto mau, nem pode uma árvore má produzir bom fruto. Pelos seus frutos os conhecereis. Foi Deus quem o disse. Quem tremeu ante Sua Palavra? TS2 26 1 Quando fui ao Colorado, achava-me tão preocupada por vós que, em minha fraqueza, escrevi muitas páginas para serem lidas em vossa reunião campal. Débil e trêmula, levantei-me às três horas da madrugada, para vos escrever. Deus estava falando por intermédio da argila. Podereis dizer que essa comunicação não passava de uma carta. Sim, foi uma carta, mas motivada pelo Espírito de Deus, a fim de apresentar ao vosso espírito coisas que me haviam sido mostradas. Nessas cartas que escrevo, nos testemunhos que apresento, apresento-vos aquilo que o Senhor me apresentou a mim. Não escrevo um artigo sequer, na revista, expressando meras idéias minhas. São o que Deus me revelou em visão -- os preciosos raios de luz que brilham do trono. -- Testimonies for the Church 5:67 (1882). ------------------------Capítulo 4 -- Cooperadores de Deus TS2 27 1 Companheiros de trabalho na grande seara, temos apenas pouco tempo para trabalhar. É agora a mais favorável oportunidade que havemos de ter, e quão cuidadosamente deve ser empregado cada momento! Tão devotado Se achava nosso Redentor à obra de salvar almas, que Ele mesmo ansiava por Seu batismo de sangue. Os apóstolos apanharam o zelo de seu Mestre, e firme, constante e zelosamente saíram a consumar sua grande obra, lutando contra os principados e potestades e contra a maldade espiritual dos ares. TS2 27 2 Vivemos em um tempo em que é necessário mesmo maior fervor do que nos dias dos apóstolos. Mas entre muitos dos ministros de Cristo há uma sensação de desassossego, um desejo de imitar o estilo romântico dos reavivalistas modernos, um desejo de fazer algo de grande, de criar sensação, a fim de serem considerados oradores hábeis, e ganharem honra e distinção para si mesmos. Se esses pudessem ir ao encontro do perigo para receber a honra prestada aos heróis, empenhar-se-iam na obra com energia inquebrantável. Mas viver e labutar quase anonimamente, mourejar e sacrificar-se por Jesus na obscuridade, sem receber dos homens louvores especiais -- isto requer uma integridade de princípios e uma firmeza de propósitos que bem poucos possuem. Houvesse maior empenho por andar humildemente com Deus, desviando os olhos dos homens e trabalhando unicamente por amor de Cristo, e muito mais se realizaria. TS2 27 3 Meus irmãos no ministério, buscai a Jesus com toda a humildade e mansidão. Não procureis atrair a atenção do povo para vós mesmos. Percam eles de vista o instrumento, enquanto exaltais a Jesus. Falai em Jesus; perdei nEle o vosso próprio eu. Há por demais ruído e comoção acerca de nossa religião, ao passo que jazem esquecidos o Calvário e a cruz. TS2 28 1 Estamos no maior dos perigos quando recebemos louvor uns dos outros, quando entramos em uma conjuração para exaltar-nos mutuamente. A grande preocupação dos fariseus era assegurar-se o louvor dos homens; e disse-lhes Cristo que era essa toda a recompensa a que faziam jus. Empenhemo-nos no trabalho que nos é designado, e cumpramo-lo como para Cristo; se sofrermos privações, seja por amor dEle. Nosso divino Senhor Se aperfeiçoou mediante o sofrimento. Oh! quando veremos homens trabalhando como Ele trabalhou! TS2 28 2 A Palavra de Deus é nossa norma. Cada ato de amor, toda palavra de bondade, toda oração em favor dos sofredores e oprimidos, é relatada perante o trono eterno, e posta no imperecível registro do Céu. A Palavra divina derrama luz no entendimento mais obscurecido, e esta luz leva os mais cultos a sentirem sua ineficiência e pecaminosidade. TS2 28 3 O inimigo hoje compra almas a preço bem baixo. "Por nada fostes vendidos" (Isaías 52:3), é a linguagem das Escrituras. Um vende a alma pelos aplausos do mundo, outro por dinheiro; um para satisfazer a paixões baixas, outro para diversões mundanas. Essas transações são efetuadas diariamente. Satanás faz ofertas por aqueles que são aquisição do sangue de Cristo, e compra-os a baixo preço, apesar do preço infinito pago pelo seu resgate. TS2 28 4 Possuímos grandes bênçãos e privilégios. Podemos adquirir os mais valiosos tesouros celestiais. Lembrem-se os ministros e o povo de que a verdade evangélica, quando não salva, leva à ruína. A alma que se recusa a escutar dia a dia aos convites da misericórdia, cedo poderá ouvir os mais urgentes apelos sem que uma emoção lhe agite a alma. TS2 28 5 Como coobreiros de Deus, carecemos de mais fervente piedade, e menos exaltação própria. Quanto mais for exaltado o próprio eu, tanto mais diminuirá a fé nos testemunhos do Espírito de Deus. Os que se acham mais intimamente ligados a Deus são os que conhecem Sua voz quando Ele lhes fala. Os que são espirituais, discernem as coisas espirituais. Esses se sentirão gratos porque o Senhor lhes apontou os erros, ao passo que os que confiam inteiramente em si mesmos, verão cada vez menos de Deus nos testemunhos de Seu Espírito. TS2 29 1 Nossa obra tem de ser acompanhada de profunda humilhação, jejum e oração. Não devemos esperar que só haja paz e alegria. Haverá tristeza; mas se semearmos em lágrimas, ceifaremos com alegria. Trevas e desapontamento podem por vezes insinuar-se no coração daqueles que se sacrificam; mas isto não lhes é contrário. Pode ser o desígnio de Deus levá-los a buscá-Lo mais fervorosamente. São necessários homens como Calebe TS2 29 2 O que precisamos agora são Calebes, homens fiéis e verdadeiros. A indolência assinala a vida de muitos, no presente dia. Retiram os ombros da roda que estavam ajudando a empurrar, justamente quando deviam perseverar e pôr todas as suas faculdades no serviço ativo. Ministros de Cristo, "desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá". Efésios 5:14. Vossos trabalhos se acham tão impregnados do próprio eu, que Cristo é esquecido. Alguns de vós são por demais animados e lisonjeados. Como nos dias de Noé, há demasiado comer e beber, plantar e construir. O mundo roubou as energias dos servos de Cristo. Irmãos, se quereis vossa religião honrada pelos descrentes, honrai-a vós mesmos mediante obras correspondentes. Por íntima ligação com Deus e estrita aderência à verdade bíblica em face de dificuldades e pressão mundana, podereis incutir o espírito da verdade no coração de vossos filhos de modo que eles trabalharão eficazmente convosco, como instrumentos nas mãos de Deus para o bem. TS2 29 3 Muitos se incapacitam para o trabalho, mental e fisicamente, pelo excesso em comer e pela satisfação de paixões concupiscentes. Fortalecem-se as tendências animais, enquanto a natureza moral e espiritual se debilita. Quando estivermos junto ao grande trono branco, que registro apresentará então a vida de muitos! Então verão o que poderiam ter feito se não tivessem envilecido as faculdades que Deus lhes concedera. Então reconhecerão que alturas de grandeza intelectual poderiam ter atingido, se tivessem dado a Deus toda a força mental e física que lhes confiara. Em sua agonia de remorso ansiarão poder viver de novo toda a sua vida. TS2 30 1 Apelo para os que professam ser portadores de luz -- exemplos ao rebanho -- a que se afastem de toda a iniqüidade. Empregai bem o pequeno remanescente de tempo que vos resta. Tendes aquele forte apego a Deus, aquela consagração ao Seu serviço, de modo que vossa religião não vos falte em face da mais terrível perseguição? O profundo amor de Deus, tão-somente, susterá a alma em meio das provas que estão justamente a nossa frente. TS2 30 2 Abnegação e a cruz são nossa porção. Aceitá-la-emos? Nenhum de nós deve esperar que, quando as últimas grandes provas nos sobrevierem, desenvolvamos então, num momento, por causa de nossa necessidade, um espírito de renúncia e patriotismo. Não, absolutamente. Esse espírito tem de ser amalgamado com as nossas experiências diárias, e incutido no espírito e coração de nossos filhos, tanto por preceito como pelo exemplo. As mães de Israel podem não ser elas mesmas guerreiras, mas poderão suscitar guerreiros que hão de cingir toda a armadura e ferir varonilmente as batalhas do Senhor. O preparo para o dia da prova TS2 30 3 Os ministros e o povo carecem do convertedor poder da graça antes de estarem habilitados a ficar em pé no dia do Senhor. O mundo aproxima-se rapidamente do ponto de iniqüidade e depravação humanas, em que se tornará necessária a interferência de Deus. E nesse tempo os Seus professos seguidores devem destacar-se mais por sua fidelidade a Sua santa lei. Sua oração será como a de Davi: "Já é tempo de obrares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Salmos 119:126. E por sua conduta dirão: "Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino." V. 127. O próprio desprezo que é mostrado para com a lei de Deus é razão suficiente para o Seu povo, observador dos mandamentos, vir para a frente e mostrar sua estima e reverência para com a Sua lei pisada a pés. TS2 31 1 "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará." Mateus 24:12. A própria atmosfera acha-se poluída de pecado. Logo o povo de Deus será provado por ardentes provas, e a grande proporção dos que agora parecem genuínos e verdadeiros, demonstrar-se-á metal vil. Em vez de se fortalecerem e confirmarem com a oposição, as ameaças e abusos, tomarão covardemente o lado dos oponentes. A promessa é: "Aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. Havemos de apegar-nos menos firmemente à lei de Deus por isso que o mundo em geral tem tentado anulá-la? TS2 31 2 Já os juízos de Deus se manifestam na Terra, em forma de tempestades, inundações, terremotos e perigos por terra e mar. O grande EU SOU está falando aos que anulam Sua lei. Quando a ira de Deus for derramada sobre a Terra, quem estará em condições de subsistir? Agora é tempo de mostrar-se o povo de Deus leal aos princípios. Quando a religião de Cristo for mais desprezada, quando Sua lei mais desprezada for, então deve nosso zelo ser mais ardoroso e nosso ânimo e firmeza mais inabaláveis. Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões -- essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição. A nação ficará do lado do grande líder rebelde. TS2 31 3 A prova virá por certo. Trinta e seis anos atrás () foi-me mostrado que o que agora se desenrola haveria de suceder, que seria imposta ao povo a observância de uma instituição do papado por meio de uma lei dominical, enquanto se pisaria a pés o santificado dia de repouso de Jeová. TS2 31 4 O Capitão de nossa salvação fortalecerá o Seu povo para o conflito no qual terão de se empenhar. Quantas vezes, quando Satanás arregimentou contra os seguidores de Cristo todas as suas forças, e estiveram face a face com a morte, orações sinceras, feitas com fé, trouxeram para o campo de ação o Capitão das hostes do Senhor, volvendo a vaga da batalha e livrando os opressos! TS2 32 1 Agora é o tempo em que devemos ligar-nos intimamente a Deus, para que sejamos escondidos quando for derramado sobre os filhos dos homens o ímpeto de Sua ira. Temo-nos afastado dos marcos antigos. Voltemos. Se o Senhor for Deus, servi-O; se Baal, servi-o. De que lado vos colocareis? ------------------------Capítulo 5 -- Agentes de Satanás TS2 33 1 Satanás serve-se de homens e mulheres como agentes para seduzir ao pecado e torná-lo atraente. Esses agentes ele educa fielmente de modo a disfarçarem o pecado por tal forma que possa com mais êxito destruir almas e roubar a Cristo de Sua glória. Satanás é o grande inimigo de Deus e do homem. Ele se transforma, mediante seus agentes, em anjo de luz. Nas Escrituras é ele chamado destruidor, acusador dos irmãos, enganador, mentiroso, atormentador e homicida. Satanás tem muitos às suas ordens, mas tem mais êxito quando pode servir-se de professos cristãos para sua obra satânica. E quanto maior sua influência, quanto mais elevada sua posição, quanto mais conhecimentos possuírem de Deus e de Seu serviço, com tanto maior êxito deles se poderá servir. Todo aquele que incita ao pecado, é seu agente. ... TS2 33 2 Ao nos aproximarmos do final da história da Terra, adensar-se-ão em torno de nós os riscos e perigos. Não adiantará uma mera profissão de piedade. Tem de haver viva ligação com Deus, para que possamos ter a visão espiritual para discernir a impiedade que do modo mais artificioso e secreto se vai insinuando em nosso meio, mediante os que fazem profissão de nossa fé. TS2 33 3 Os maiores pecados são introduzidos mediante os que professam ser santificados e alegam não poder mais pecar. Entretanto, muitos dessa classe pecam diariamente e são corruptos de coração e vida. São presunçosos e justos aos seus olhos, fazendo sua própria norma de justiça, e deixando por completo de satisfazer a norma bíblica. Não obstante suas altas pretensões, são estranhos ao concerto da promessa. É em grande misericórdia que Deus suporta sua perversidade, e que eles não são cortados como ocupadores inúteis do terreno, mas permanecem dentro das possibilidades de perdão. A longanimidade e misericórdia de Deus são continuamente abusadas. ... TS2 34 1 Aquele que professa a verdade mas vive na injustiça, que professa crer nela e contudo a fere cada dia por sua vida incoerente, está-se entregando ao serviço de Satanás, e levando almas à ruína. Essa classe de pessoas tem comunhão com anjos caídos, e são por eles ajudados em alcançar o domínio de outras mentes. TS2 34 2 Quando o enfeitiçante poder de Satanás domina uma pessoa, Deus é esquecido, e exalta-se o homem, cheio de propósitos corruptos. A licenciosidade secreta é praticada por essas almas iludidas como uma virtude. É esta uma espécie de feitiçaria. Bem pode ser feita a pergunta que o apóstolo fez aos gálatas: "Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?" Gálatas 3:1. Há sempre um enfeitiçante poder nas heresias e na licenciosidade. A mente é tão iludida que não pode arrazoar inteligentemente, e uma ilusão a está continuamente desviando da pureza. A visão espiritual torna-se manchada; e pessoas de moral até aí impoluta, tornam-se confusas debaixo dos enganadores sofismas daqueles agentes de Satanás, que professam ser mensageiros da luz. É esse engano que dá poder a tais agentes. TS2 34 3 Se se apresentassem ousadamente, fazendo em aberto os seus avanços, seriam repelidos sem hesitação alguma; mas operam primeiro no sentido de captar a simpatia e conseguir a confiança neles, como sendo homens santos, que se sacrificam pela causa de Deus. Como Seus mensageiros especiais, começam então sua artificiosa obra de afastar almas da vereda da retidão, tentando anular a lei de Deus. TS2 34 4 Quando ministros desta forma se prevalecem da confiança que o povo neles deposita, e levam almas à ruína, fazem-se tanto mais culpados do que o pecador comum, quanto mais alta é sua profissão. No dia de Deus, quando se abrir o grande livro do Céu, ver-se-á que contém nomes de muitos ministros que fizeram profissão de pureza de coração e vida, alegando ter-lhes sido confiado o evangelho de Cristo, mas que se aproveitaram de sua posição para induzir almas a transgredirem a lei de Deus. Maldade, nos lugares celestiais TS2 35 1 Quando homens e mulheres caem sob o corruptor poder de Satanás, é quase impossível recuperá-los dessa horrível cilada, de modo que voltem a ter pensamentos puros e concepções claras quanto ao que Deus requer. O pecado, para seu espírito iludido, foi santificado por seu ministro, e nunca mais será considerado com a repugnância com que Deus o considera. Depois que o padrão moral foi rebaixado no espírito dos homens, seu juízo se torna pervertido, e consideram o pecado como se fosse justiça, e a justiça como se fosse pecado. Associando-se com estes cujas inclinações e hábitos não são elevados nem puros, outros se lhes tornam semelhantes. Adotam quase inconscientemente seus gostos e princípios. TS2 35 2 Se a sociedade de um homem de mente impura e hábitos licenciosos é escolhida de preferência à dos puros e virtuosos, é isso indício certo de que se harmonizam os gostos e inclinações, e de que se chegou a um baixo nível moral. Esse baixo nível é por essas almas iludidas e apaixonadas, tido como alta e santa afinidade de espírito -- uma harmonia espiritual. Mas o apóstolo denomina-a "maldade, nos lugares celestiais" (Efésios 6:12), contra a qual devemos empreender vigorosa guerra. TS2 35 3 Quando o enganador começa sua obra de engano, encontra freqüentemente diferença de gostos e hábitos; mas mediante grandes pretensões a piedade, ele capta a confiança, e isto feito, exerce a seu modo o astucioso poder de enganar, a fim de levar a termo seus estratagemas. Associando-se com esse elemento perigoso, as mulheres se habituam a respirar a atmosfera da impureza, e quase insensivelmente se saturam do mesmo espírito. Perdem sua identidade; tornam-se mera sombra de seu sedutor. TS2 35 4 Homens que professam ter nova luz, pretendem ser reformadores, terão grande influência sobre certa classe de pessoas convencidas das heresias que existem no século presente, e que não estão satisfeitas com a condição espiritual das igrejas. Com coração verdadeiro e sincero, desejam estas ver uma mudança para melhor, no sentido de alcançar-se uma norma mais alta. Se os fiéis servos de Cristo apresentassem a essa classe a verdade pura e inadulterada, aceitá-la-iam e se purificariam pela obediência a ela. Mas Satanás, sempre vigilante, persegue os rastos dessas almas indagadoras. Vem ter com elas alguém, fazendo alta profissão de reformador, do mesmo modo que Satanás foi ter com Cristo, disfarçado em anjo de luz, e os atrai ainda para mais longe da vereda da justiça. TS2 36 1 A infelicidade e degradação que seguem a esteira da licenciosidade, não podem ser avaliadas. O mundo está contaminado por seus habitantes. Quase que encheram a medida de sua iniqüidade; mas o que trará a mais pesada retribuição, é a prática da iniqüidade sob o manto da piedade. O Redentor do mundo nunca repele o arrependimento verdadeiro, por grande que seja a culpa; mas Ele verbera ardentes acusações contra os fariseus e os hipócritas. Há mais esperança para o pecador aberto, do que para essa classe. ... "Vigiai e orai" TS2 36 2 Neste século de corrupção, quando nosso adversário, o diabo, anda em derredor bramando como leão, buscando a quem possa tragar, vejo a necessidade de erguer minha voz em advertência: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." Marcos 14:38. Há muitos que possuem talentos brilhantes, e que os devotam impiamente ao serviço de Satanás. TS2 36 3 Que advertência posso fazer a um povo que professa ter saído do mundo e deixado suas obras de trevas? a um povo que Deus tornou o depositário de Sua lei mas que, qual a figueira pretensiosa, estadeiam seus ramos aparentemente viçosos à própria face do Todo-poderoso, contudo não produzem fruto para a glória de Deus? Muitos deles acariciam pensamentos impuros, imaginações ímpias, desejos não santificados e vis paixões. Deus aborrece o fruto produzido em semelhante árvore. Anjos, puros e santos, olham com aversão o seu procedimento, enquanto Satanás exulta. Oh! que os homens e mulheres considerassem o que se ganha pela transgressão da lei de Deus! Sob toda e qualquer circunstância, a transgressão é desonra a Deus e maldição ao homem. Assim a devemos considerar, por lindo que seja seu disfarce, e seja quem for que a pratique. TS2 37 1 Como embaixadora de Cristo eu vos rogo, a vós que professais a verdade presente, que vos ressintais de pronto de qualquer aproximação da impureza, e abandoneis a companhia dos que respiram sugestões impuras. Odiai com o mais intenso ódio esses pecados corruptores. Fugi dos que, mesmo em conversa, querem fazer a mente seguir semelhante rumo; "pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca". Mateus 12:34. TS2 37 2 Como no mundo aumentam constantemente os que praticam esses pecados degradantes, e querem introduzir-se em nossas igrejas, eu vos advirto a que não lhes deis lugar. Afastai-vos do sedutor. Embora professo seguidor de Cristo, ele é Satanás em forma de homem; tomou emprestadas as vestes do Céu, para melhor poder servir a seu senhor. Não deveis nem por um momento dar guarida a uma sugestão impura, dissimulada; pois até isso manchará a alma, como a água impura mancha o canal pelo qual passa. "Antes a morte do que a desonra" TS2 37 3 Preferi a pobreza, a ignomínia, a separação dos amigos ou qualquer outro sofrimento, a manchardes vossa vida com o pecado. Antes a morte que a desonra ou a transgressão da lei de Deus -- este deve ser o moto de cada cristão. Como um povo que professa ser reformador, de posse das mais solenes e purificadoras verdades da Palavra de Deus, devemos elevar a norma, muito mais do que está acontecendo agora. Deve-se tratar prontamente com o pecado e os pecadores na igreja, para que outros não sejam contaminados. A verdade e a pureza exigem que façamos uma obra completa para purificar o acampamento de Acãs. Que os que ocupam posições de responsabilidade não sofram pecado num irmão. Mostrai-lhe que ele, ou tira o seu pecado, ou é separado da igreja. TS2 38 1 Quando os membros individuais da igreja agirem como verdadeiros seguidores do manso e humilde Salvador, haverá menos empenho em encobrir e desculpar o pecado. Todos se esforçarão por agir como na presença de Deus. Reconhecerão que Seus olhos, que tudo vêem, estão sempre sobre eles, e que o mais secreto pensamento Lhe é conhecido. O caráter, os motivos, os desejos e propósitos são claros como a luz do Sol aos olhos do Onipotente. Mas poucos se lembram disto. A maioria não reconhece, nem de longe, que terrível conta terá de ser prestada no tribunal de Deus, por todos os transgressores de Sua lei. TS2 38 2 Podereis vós que professastes ter recebido tão grande luz, estar satisfeitos com um nível baixo? Oh! quão fervorosa e constantemente deveríamos buscar a presença divina, e o reconhecimento das solenes verdades de que está às portas o fim de todas as coisas, e de que o Juiz de toda a Terra está prestes a vir! Como podeis desatender Suas justas e santas reivindicações? Como as podeis transgredir na própria presença de Jeová? Como podeis acariciar pensamentos profanos e baixas paixões em plena vista dos puros anjos e do Redentor, que Se entregou a Si mesmo por vós, para vos redimir de toda a iniqüidade, e vos purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras? Ao contemplardes a questão à luz que se reflete da cruz de Cristo, não se afigurará o pecado por demais mesquinho, perigoso demais, para com ele condescendermos quando nos achamos às próprias bordas do mundo eterno? TS2 38 3 Falo ao nosso povo. Se vos aproximardes de Jesus e procurardes honrar vossa profissão mediante uma vida bem ordenada e conversação santa, vossos pés serão guardados de se desviarem para as veredas proibidas. Se tão-somente vigiardes e continuamente estiverdes em oração, se fizerdes tudo como se estivésseis na presença imediata de Deus, então estareis livres de ceder às tentações, e podereis esperar ser conservados puros, imaculados e santos até ao fim. Se retiverdes firmemente o princípio de vossa confiança até ao fim, vossos caminhos serão estabelecidos em Deus, e aquilo que a graça começou, a glória coroará no reino de nosso Deus. Os frutos do Espírito são caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança; contra estas coisas não há lei. Se Cristo estiver em nós, crucificaremos a carne com suas paixões e concupiscências. ------------------------Capítulo 6 -- Roubará o homem a Deus? TS2 40 1 O Senhor fez a difusão da luz e verdade na Terra dependente dos esforços voluntários e das ofertas dos que são participantes dos dons celestiais. Relativamente poucos são chamados a viajarem como ministros ou missionários, mas multidões devem cooperar em disseminar a verdade mediante os seus recursos. TS2 40 2 A história de Ananias e Safira é-nos dada para que possamos compreender o pecado do engano com respeito a nossas dádivas e ofertas. Tinham voluntariamente prometido dar uma porção de sua propriedade para a promoção da causa de Cristo; mas quando os meios estavam em suas mãos, deixaram de cumprir aquela obrigação, desejando ao mesmo tempo dar aos outros a impressão de terem dado tudo. Sua punição foi assinalada, a fim de que pudesse servir como perpétua advertência aos cristãos de todos os séculos. O mesmo pecado acha-se terrivelmente prevalecente nos tempos atuais, no entanto não se ouve de semelhante punição notável. O Senhor mostra uma vez aos homens com que aversão Ele considera tamanha ofensa contra Suas sagradas reivindicações e Sua dignidade, e então os deixa a seguir os princípios gerais da administração divina. TS2 40 3 Ofertas voluntárias e o dízimo constituem a receita do evangelho. Dos meios confiados ao homem, Deus reivindica determinada porção -- o dízimo; mas Ele deixa todos livres para dizerem quanto seja o dízimo, e se querem ou não dar mais que isso. Devem dar segundo propõem no coração. Mas quando o coração é comovido pela influência do Espírito de Deus, fazendo-se um voto de dar determinada importância, aquele que faz o voto não tem mais nenhum direito à porção consagrada. Comprometeu-se diante dos homens, e estes são chamados a testemunharem o ajuste. Ao mesmo tempo incorreu ele numa obrigação da mais sagrada espécie, de cooperar com o Senhor em construir o Seu reino na Terra. Promessas desta espécie, feitas a homens, seriam consideradas obrigatórias. Não serão mais sagradas e obrigatórias quando feitas a Deus? Porventura as promessas feitas perante o tribunal da consciência serão menos obrigatórias do que acordos escritos, feitos com homens? TS2 41 1 Quando a luz divina brilha no coração com clareza e poder incomuns, o egoísmo habitual afrouxa as garras, e há disposição de dar à causa de Deus. Ninguém precisa esperar que lhe seja permitido cumprir as promessas feitas então, sem um protesto da parte de Satanás. Ele não se agrada com ver desenvolver-se na Terra o reino do Redentor. Sugere ele que a promessa feita foi demasiadamente grande, que lhes poderá anular os esforços de adquirir propriedade ou satisfazer aos desejos da família. É maravilhoso o poder que Satanás tem sobre a mente humana. Ele labuta com todo o fervor para conservar o coração dos homens dominado pelo egoísmo. TS2 41 2 A única maneira que Deus ordenou, para fazer avançar Sua causa, é abençoar os homens com propriedades. Dá-lhes Sua luz do Sol e a chuva; faz a vegetação medrar; dá saúde e habilidade para adquirir meios. Todas as nossas bênçãos provêm de Suas munificentes mãos. Por sua vez, deseja que os homens e mulheres mostrem sua gratidão devolvendo-Lhe uma parte em dízimos e ofertas -- em ofertas de gratidão, ofertas voluntárias e ofertas pelo pecado. TS2 41 3 O coração dos homens endurece-se pelo egoísmo, e como Ananias e Safira são tentados a reterem parte do preço, ao mesmo tempo que pretendem cumprir as regras do dízimo. Roubará o homem a Deus? Se os meios entrassem no tesouro exatamente de acordo com o plano de Deus -- um décimo de toda a renda -- haveria abundância para levar avante a Sua obra. TS2 41 4 Bem, dirá alguém, continuam a vir os pedidos para dar à causa. Estou cansado de dar. Estareis mesmo cansados? Então, permiti que vos pergunte: Estais cansados de receber das beneficentes mãos de Deus? Só se Ele deixasse de vos abençoar, deixaríeis de estar sob obrigação de restituir-Lhe a porção que reivindica. Ele vos abençoa para que esteja em vosso poder abençoar aos outros. Quando estiverdes cansados de receber, então podereis dizer: Estou cansado de tantos pedidos para dar. Deus reserva para Si uma parte de tudo que recebemos. Quando isso Lhe é restituído, a parte remanescente é abençoada; mas se for retido, tudo se tornará, mais dia menos dia, uma maldição. A reivindicação divina primeiro; tudo o mais é secundário. Lembrai-vos dos pobres TS2 42 1 Em cada igreja deveria ser estabelecido um tesouro para os pobres. Então apresente cada membro a Deus uma oferta de gratidão uma vez por semana ou uma vez por mês, conforme for mais conveniente. Essa oferta exprimirá nossa gratidão pelas dádivas da saúde, do alimento e do agasalhante vestuário. E segundo Deus nos tenha abençoado com esses confortos, poremos de parte para os pobres, sofredores e aflitos. Desejo chamar a atenção de nossos irmãos especialmente para este ponto. Lembrai-vos dos pobres. Renunciai a algumas de vossas superfluidades, sim, os próprios confortos, e ajudai àqueles que apenas conseguem o mais escasso alimento e vestuário. Fazendo isso por eles, vós o estais fazendo por Jesus na pessoa de Seus santos. Ele identifica-Se com a humanidade sofredora. Não espereis até que estejam satisfeitas todas as vossas necessidades imaginárias. Não confieis em vossos sentimentos, dando quando estais inclinados a fazê-lo, e retendo quando não tendes o desejo. Dai regularmente, dez, vinte ou cinquenta centavos por semana, como desejaríeis ver escrito no registro celestial no dia de Deus. [Trata-se de centavos americanos.] TS2 43 2 Vossos bons desejos, nós vo-los agradecemos, mas os pobres não se podem manter em conforto, com bons desejos apenas. Precisam de provas tangíveis de vossa bondade, em forma de alimento e vestuário. Deus não pretende que nenhum de Seus seguidores mendigue o pão. Ele vos deu abundância, a fim de que possais suprir-lhes as necessidades que pela industriosidade e economia não são capazes de suprir. Não espereis até que chamem vossa atenção para as suas necessidades. Agi como fazia Jó. Aquilo que não sabia, ele investigava. Ide a um giro de inspeção e verificai o que é necessário, e como melhor pode ser suprido. Roubando ao Senhor TS2 43 1 Foi-me mostrado que muitos de nosso povo roubam ao Senhor em dízimos e ofertas, e em resultado Sua obra é grandemente impedida. A maldição de Deus repousará sobre os que vivem das munificências de Deus e contudo cerram o coração e nada ou quase nada fazem para promover Sua causa. Irmãos e irmãs, como pode o beneficente Pai continuar a fazer-vos mordomos Seus, fornecendo-vos meios que deveriam ser empregados em Seu favor, quando tudo agarrais, reclamando egoistamente que vos pertence! TS2 43 2 Em vez de render a Deus os meios que Ele colocou em suas mãos, muitos os empregam em mais terras. Este mal está aumentando entre nossos irmãos. Já antes possuíam tudo de que podiam cuidar, mas o amor do dinheiro ou o desejo de ser considerados tão abastados quanto os seus vizinhos, leva-os a enterrar seus meios no mundo, e reter de Deus o que Lhe é justamente devido. Surpreender-nos-emos se não prosperarem? se Deus não lhes abençoa as colheitas, e ficam decepcionados? TS2 43 3 Se nossos irmãos se lembrassem de que Deus pode abençoar vinte acres de terra, e fazê-las tão prósperas como cem, não continuariam a enterrar-se em propriedades, mas deixariam seus meios derivarem para o tesouro de Deus. "Olhai por vós", disse Cristo, "não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida." Lucas 21:34. Satanás se agrada com que aumenteis vossas fazendas e empregueis vossos meios em empreendimentos mundanos, pois assim procedendo não só impedis a causa de avançar, mas pela ansiedade e excesso de trabalho diminuís vossa perspectiva da vida eterna. TS2 43 4 Agora devemos tomar a peito a ordem de nosso Salvador: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos Céus que nunca acabe." Lucas 12:33. É agora que nossos irmãos deveriam estar reduzindo suas posses, em vez de aumentá-las. Estamos prestes a mudar-nos para uma terra melhor, a celestial. Não procedamos, pois, como quem queira habitar confortavelmente sobre a Terra, mas ajuntemos nossos objetos no espaço mais limitado possível. TS2 44 1 Tempo virá em que de modo algum poderemos vender. Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta. TS2 44 2 O Senhor me tem mostrado repetidamente que é contrário à Bíblia fazer qualquer provisão para nossas necessidades temporais no tempo de angústia. Vi que se os santos tivessem amontoado mantimento para si, ou o tivessem no campo, no tempo de angústia, quando a espada, a fome e a peste se acham na Terra, isto lhes seria tirado por mãos violentas, e estranhos lhes ceifariam os campos. Então será o tempo de confiarmos inteiramente em Deus, e Ele nos susterá. Vi que nosso pão e nossa água serão certos naquele tempo, e que não teremos falta nem sofreremos fome; pois Deus é capaz de nos preparar uma mesa no deserto. Se necessário, enviaria corvos para nos alimentar como fez com Elias, ou faria chover maná dos Céus, como para os israelitas. TS2 44 3 Casas e terras não serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois então terão de fugir diante de enfurecidas massas, e naquele tempo não poderão dispor de seus bens para o progresso da causa da verdade presente. Foi-me mostrado que é a vontade de Deus que os santos se desprendam de todo embaraço, antes que chegue o tempo de angústia, e façam com Deus um concerto com sacrifício. Se eles tiverem sua propriedade sobre o altar, e inquirirem fervorosamente de Deus quanto ao dever, Ele lhes ensinará quando devem dispor destas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, e não terão ligaduras que os puxem para baixo. -- Primeiros Escritos, 56, 57 (1851). ------------------------Capítulo 7 -- Diligência na ocupação TS2 45 1 "Viste a um homem diligente na sua obra? perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte." Provérbios 22:29. "O que trabalha com mão enganosa empobrece, mas a mão dos diligentes enriquece." Provérbios 10:4. "Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:10, 11. TS2 45 2 As muitas admoestações à diligência, encontradas tanto no Velho como no Novo Testamentos, indicam claramente a íntima relação existente entre nossos hábitos de vida e nossos sentimentos e práticas religiosas. A mente e o corpo humanos são constituídos de tal maneira, que se torna necessário quantidade de exercício para o pleno desenvolvimento de todas as faculdades. TS2 45 3 Enquanto uns empenham-se demasiado em atividades mundanas, outros vão para o extremo oposto, e não trabalham suficientemente para sustentar-se a si ou aos que deles dependem. O irmão _____ pertence a esta classe. Ao passo que ocupa a posição de provedor e protetor da família, não o é em realidade. As mais pesadas responsabilidades e encargos, permite que recaiam sobre sua esposa, ao passo que ele cede a descuidosa indolência, ou se ocupa com pequeninas coisas, que pouco valem para o sustento de sua família. Senta-se por horas, e conversa com os filhos ou vizinhos sobre coisas que não têm muita importância. Toma as coisas folgadamente, e se diverte, ao passo que a esposa e mãe faz o trabalho que precisa ser feito para preparar as refeições e fazer as roupas para uso. TS2 45 4 Este irmão é um homem pobre, e sempre será um encargo à sociedade, a menos que assegure o privilégio a ele concedido por Deus, e se torne um homem. Qualquer pessoa pode encontrar alguma espécie de trabalho, caso realmente o queira; mas, se é descuidoso e desatento, verá que as colocações que poderia obter serão preenchidas pelos de maior atividade e mais aptidão para o trabalho. TS2 46 1 Deus nunca vos designou, meu irmão, à situação de pobreza em que vos encontrais. Por que vos deu Ele essa estrutura física? Sois tão responsável por vossas faculdades físicas, como o são vossos irmãos por seus meios. Alguns deles sairiam hoje lucrando, caso lhes fosse possível trocar sua propriedade pelas forças físicas que possuís. Mas, uma vez colocados em vossa posição haviam de, mediante diligência no emprego tanto das forças físicas como das mentais, estar em breve acima da necessidade, sem dever coisa alguma a ninguém. Não é por vos ter Deus má vontade, que as circunstâncias parecem ser contra vós, mas por não usardes a energia que vos deu. Não era Sua intenção que vossas faculdades se enferrujassem pela inação, mas fossem robustecidas pelo uso. O dever de trabalhar TS2 46 2 A religião que professais, torna tanto vosso dever empregar o tempo durante os seis dias de trabalho, como ir à igreja no sábado. Não sois diligente no serviço. Deixais passar horas, dias e mesmo semanas sem nada realizar. O melhor sermão que vos seria possível pregar ao mundo, seria mostrar decidida reforma em vossa vida, e prover às necessidades de vossa família. Diz o apóstolo: "Mas se alguém não tem cuidado dos seus, principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel." 1 Timóteo 5:8. TS2 46 3 Trazeis descrédito sobre a causa estabelecendo residência em um lugar, onde cedeis por algum tempo à indolência, e depois sois obrigados a incorrer em débito para prover à família. Esses vossos débitos honestos, nem sempre sois exatos em pagar, mas em vez disto, mudais-vos para outro lugar. Isto é defraudar o próximo. O mundo tem direito de esperar estrita integridade dos que professam ser cristãos bíblicos. Pela indiferença de um homem quanto a pagar suas justas dívidas, todo o nosso povo está em risco de ser considerado indigno de confiança. TS2 47 1 "Tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós." Mateus 7:12. Isto se refere tanto aos que trabalham com suas mãos, como aos que têm dádivas a conceder. Deus vos deu forças e habilidade, mas não as tendes usado. Vossa energia é suficiente para sustentar abundantemente a família. Levantai-vos pela manhã, mesmo enquanto as estrelas ainda brilham, se necessário for. Planejai alguma coisa, e realizai. Resgatai cada compromisso, a menos que sejais prostrado pela enfermidade. Privai-vos da comida e do sono de preferência a ser culpado de reter de outros aquilo que lhes é devido. TS2 47 2 O monte do progresso não pode ser escalado sem esforço. Ninguém precisa esperar ser carregado para receber o prêmio, seja em assuntos religiosos, seja nos seculares, independentemente de diligência de sua parte. Nem sempre a carreira é do ligeiro ou a batalha do forte; todavia o que trabalha com mão negligente virá a tornar-se pobre. Os perseverantes e industriosos, não só se sentem contentes eles próprios, como contribuem grandemente para a felicidade de outros. A competência e o conforto não são em geral conseguidos senão a custa de diligente laboriosidade. Faraó mostrou seu apreço deste traço de caráter, quando disse a José: "E se sabes que entre eles [os irmãos de José] há homens valentes [aptos, diz a margem], os porás por maiorais do gado, sobre o que eu tenho." Gênesis 47:6. TS2 47 3 Não há desculpa para o irmão _____, a não ser que o amor da comodidade e a incapacidade para planejar sejam uma escusa. A melhor direção a ser seguida por ele agora é sair de casa e ir trabalhar para alguém que planeje por ele. Ele tem sido por tanto tempo um patrão descuidoso e indolente para si próprio, que pouco realiza, e seu exemplo é mau para os filhos. Estes têm o mesmo cunho de caráter. Deixam a mãe carregar os fardos. Quando se lhes pede que façam alguma coisa, fazem-na; mas não cultivam como devem fazer todos os filhos a faculdade de ver o que deve ser feito, e fazê-lo sem que se lhes diga. Esposas e mães sobrecarregadas TS2 48 1 Uma mulher comete para consigo mesma e a família uma grave injustiça, quando ela faz seu trabalho e o deles também -- quando traz a lenha e a água, e até pega o machado para picar a lenha, enquanto o marido e os filhos se sentam por perto do fogo, entretendo-se à vontade em conversar. Nunca foi desígnio de Deus que as mães e esposas fossem escravas de suas famílias. Muita mãe se acha sobrecarregada de cuidados, ao passo que os filhos não são educados a partilhar dos encargos domésticos. Em conseqüência, elas envelhecem e morrem prematuramente, deixando os filhos justamente quando a mãe é mais necessária para guiá-los em sua inexperiência. De quem é a culpa? TS2 48 2 Os maridos devem fazer tudo quanto lhes seja possível para poupar cuidados à esposa, e manter-lhe o espírito animoso. Nunca se deve fomentar ou permitir nos filhos a preguiça, pois em breve se tornaria hábito. Quando não empregadas em ocupação útil, as faculdades ou se enfraquecem, ou se tornam ativas em alguma obra má. TS2 48 3 O que necessitais, irmão, é exercício ativo. Cada traço de vosso semblante, cada faculdade de vossa mente, assim o indica. Não gostais de trabalho árduo, nem de ganhar vosso pão com o suor de vosso rosto. Mas isto é o plano ordenado por Deus na disposição da vida. TS2 48 4 Deixais de levar a cabo aquilo que iniciais. Não vos disciplinastes na regularidade. O sistema é tudo. Fazei apenas uma coisa de cada vez, e fazei-a bem, finalizando-a antes de começardes um segundo trabalho. Deveis ter horas regulares para levantar, para orar, para comer. Muitos perdem preciosas horas de tempo na cama, porque isto satisfaz à inclinação natural, e fazer o contrário requer um esforço. Uma hora perdida de manhã, está perdida para nunca mais se recuperar. Diz o sábio: "Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento; e eis que toda estava cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtigas, e a sua parede de pedra estava derribada. O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução. Um pouco de sono, adormecendo um pouco, encruzando as mãos outro pouco, para estar deitado; assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado." Provérbios 24:30-34. TS2 49 1 Os que têm qualquer pretensão à piedade, devem adornar a doutrina que professam, e não dar ocasião de que a verdade seja ultrajada em virtude de seu procedimento inconsiderado. "A ninguém devais coisa alguma" (Romanos 13:8), diz o apóstolo. Deveis agora, irmão empreender diligentemente a correção de vossos hábitos de indolência, remindo o tempo. Veja o mundo que a verdade operou uma reforma em vossa vida. ------------------------Capítulo 8 -- Consultaremos médicos espíritas? TS2 50 1 "E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença. Mas o anjo do Senhor disse a Elias tesbita: Levanta-te, sobe para encontrar-te com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? E por isso assim diz o Senhor: Da cama a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás." 2 Reis 1:2-4. TS2 50 2 Esta narração mostra de maneira frisante o desagrado divino contra os que se desviam de Deus para os instrumentos satânicos. Pouco tempo antes dos acontecimentos acima registrados, o reino de Israel mudara de governo. Acabe caíra sob o juízo de Deus, e fora substituído por seu filho Acazias, caráter indigno, que só fez mal aos olhos do Senhor, andando nos caminhos de seu pai e sua mãe, e fazendo pecar a Israel. Serviu a Baal, a adorou-o, e provocou à ira o Senhor Deus de Israel, como fizera Acabe, seu pai. Seguiram-se, porém, de perto juízos sobre os pecados do rebelde rei. Uma guerra com Moabe, e depois o acidente pelo qual estava ameaçada sua vida, atestaram a ira de Deus contra Acazias. TS2 50 3 Quanto vira e ouvira o rei de Israel no tempo de seu pai, das maravilhosas obras do Altíssimo! Que terrível demonstração de Sua severidade e zelo dera Deus ao apóstata Israel! De tudo isto tinha Acazias conhecimento; todavia procede como se estas horríveis realidades, e mesmo o terrível fim de seu pai, fossem apenas um conto ocioso. Em vez de humilhar o coração diante do Senhor, arriscou-se ao mais ousado ato de impiedade que lhe assinalou a vida. Ordena a seus servos: "Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença." 2 Reis 1:2. TS2 51 1 O ídolo de Ecrom, supunham, dava informações por meio de seus sacerdotes, quanto a acontecimentos futuros. Alcançara tão vasto crédito, que a ele recorria grande número de pessoas vindas de considerável distância. As predições ali feitas, e as informações dadas, provinham diretamente do príncipe das trevas. Foi Satanás que criou e mantém o culto dos ídolos, a fim de desviar de Deus a mente dos homens. É por sua instrumentalidade que o reino das trevas e da mentira é sustentado. TS2 51 2 A história do pecado do rei Acazias e seu castigo, encerra uma lição de advertência que ninguém pode desatender impunemente. Conquanto não rendamos homenagem a deuses pagãos, todavia milhares estão adorando no altar de Satanás, tão certo como o fez o rei de Israel. O mesmo espírito da idolatria pagã é hoje predominante, se bem que sob a influência da ciência e da educação, tenha assumido mais fina e atrativa forma. Cada dia traz nova e dolorosa evidência de que a fé na firme Palavra da profecia está rapidamente decrescendo, e que em seu lugar a superstição e a feitiçaria satânicas estão cativando a mente dos homens. Todos quantos não buscam diligentemente as Escrituras, e submetem todo desejo e desígnio da vida a essa infalível prova, todos quantos não buscam a Deus em oração pedindo conhecimento de Sua vontade, hão de por certo transviar-se da reta vereda, e cair sob o engano de Satanás. Veículos do poder de Satanás TS2 51 3 Os oráculos pagãos têm sua imitação nos médiuns espíritas, nos videntes, nos necromantes de hoje. As vozes místicas que falaram em Ecrom e em En-Dor, estão ainda, por suas palavras de mentira, desviando os filhos dos homens. O príncipe das trevas apenas apareceu sob novo disfarce. Os mistérios do culto pagão acham-se substituídos pelas associações secretas e as sessões, as obscuridades e as maravilhas dos feiticeiros de nosso tempo. Suas revelações são ansiosamente recebidas por milhares que recusam aceitar a luz da Palavra de Deus, ou de Seu Espírito. Ao passo que falam desdenhosamente dos mágicos de outrora, o grande enganador ri triunfante, vendo-os ceder a suas artes, manifestadas sob aspecto diferente. TS2 52 1 Seus agentes ainda pretendem curar a doença. Atribuem seu poder à eletricidade, ao magnetismo, ou aos chamados "remédios de simpatia". Efetivamente, eles não são senão veículos das correntes elétricas de Satanás. Por esse meio lança ele seu encantamento sobre o corpo e a alma dos homens. TS2 52 2 Tenho recebido de tempos a tempos cartas de ministros e de membros leigos da igreja, perguntando se acho errado consultar médicos espíritas e videntes. Não tenho respondido a essas cartas por falta de tempo. Mas agora o assunto me é de novo insistentemente apresentado à atenção. Tão numerosos se estão tornando esses instrumentos de Satanás, e tão geral é o costume de buscar deles conselho, que parece necessário proferir palavras de advertência. TS2 52 3 Deus colocou ao nosso alcance o obter conhecimento das leis da saúde. Constituiu em dever para nós o conservar nossas energias físicas nas melhores condições possíveis, a fim de Lhe podermos prestar serviço aceitável. Os que se recusam a aperfeiçoar a luz e o conhecimento posto ao seu alcance, estão rejeitando um dos meios a eles assegurados por Deus para promover tanto a vida espiritual como a física. Colocam-se assim em condições em que ficam expostos aos enganos de Satanás. TS2 52 4 Não poucos, neste século e nação professadamente cristãos, recorrem aos maus espíritos, em vez de confiarem no poder do Deus vivo. Velando ao pé do leito de enfermidade de seu filho, a mãe exclama: "Não posso fazer mais nada. Não haverá médico que possa restaurar meu filho?" Contam-lhe as maravilhosas curas realizadas por algum vidente ou operador de curas pelo magnetismo, e ela confia seu querido aos cuidados dele, colocando-o tão certamente nas mãos de Satanás como se ele lhe estivesse ao lado. Em muitos casos, a vida futura da criança é regida por uma força satânica, que parece impossível quebrar. TS2 53 1 Muitos são os que não têm boa vontade para exercer o necessário esforço a fim de obter conhecimento das leis da vida, e os simples meios a serem empregados para a restauração da saúde. Não se colocam na devida relação para com a vida. Quando a doença é a conseqüência de sua transgressão da lei natural, não buscam corrigir seus erros, e depois pedir a bênção de Deus, mas recorrem aos médicos. Se recuperam a saúde, atribuem às drogas e aos médicos toda a honra. Estão sempre prontos a idolatrar o poder e sabedoria humanos, parecendo não conhecer outro Deus senão a criatura -- pó e cinza. TS2 53 2 Ouvi uma mãe rogando a um médico descrente que lhe salvasse a vida do filho; mas quando lhe pedi insistentemente que buscasse auxílio do Grande Médico que é capaz de salvar perfeitamente todo aquele que O busca com fé, ela se afastou com impaciência. Vemos aí o mesmo espírito manifestado por Acazias. TS2 53 3 Não é seguro confiar em médicos que não têm diante de si o temor de Deus. Sem a influência da graça divina, o coração dos homens é "enganoso... mais do que todas as coisas, e perverso". Jeremias 17:9. Seu objetivo é o engrandecimento próprio. Sob a capa da profissão médica, quanta iniqüidade tem sido ocultada; que enganos apoiados! O médico pode pretender possuir grande sabedoria e habilidade maravilhosa, quando seu caráter é depravado, e sua prática contrária às leis da vida. O Senhor nosso Deus nos afirma estar esperando para mostrar-Se bondoso; convida-nos a invocá-Lo no dia da angústia. Como nos podemos desviar dEle para confiar em um braço de carne? TS2 53 4 Vinde comigo ali, a um quarto de doente. Ali jaz um esposo e pai, homem que é uma bênção à sociedade e à causa de Deus. Foi subitamente derribado pela doença. O ardor da febre parece consumi-lo. Ele anseia um pouco de água fresca para lhe umedecer os ressequidos lábios, saciar a sede abrasadora, e refrescar a fronte febril. Mas não; o médico proibiu a água. Dá-se-lhe o estimulante da bebida forte, acrescentando combustível ao fogo. A bendita água, enviada pelo Céu, quando habilmente aplicada, extinguiria a chama devoradora, mas é substituída por drogas venenosas. TS2 54 1 Por algum tempo, a natureza luta por seus direitos, mas afinal, vencida, desiste da luta, e a morte liberta o sofredor. Deus desejava que aquele homem vivesse, que fosse uma bênção ao mundo; Satanás decidiu destruí-lo, e por meio do médico, conseguiu-o. Até quando permitiremos que nossas mais preciosas luzes sejam assim apagadas? TS2 54 2 Acazias enviou seus servos a indagar de Baal-Zebube, em Ecrom; mas em vez de uma mensagem do ídolo, ouve a tremenda denúncia vinda do Deus de Israel: "Da cama a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás." Foi Cristo que mandou Elias dizer estas palavras ao rei apóstata. TS2 54 3 Jeová Emanuel tinha razão de ficar grandemente desgostoso com a impiedade de Acazias. Que não fizera Cristo para conquistar o coração dos pecadores, e inspirar-lhes inabalável confiança nEle? Durante séculos visitara Seu povo com manifestações da mais condescendente bondade e amor sem paralelo. Desde os tempos dos patriarcas Ele manifestara como Suas "delícias" estavam com os filhos dos homens. Provérbios 8:31. Fora um socorro bem presente para todos quantos O buscavam em sinceridade. "Em toda a angústia deles foi Ele angustiado, e o anjo da Sua face os salvou; pelo Seu amor, e pela Sua compaixão Ele os remiu." Isaías 63:9. Todavia Israel se rebelara contra Deus, e se volvera para os piores inimigos do Senhor. TS2 54 4 Os hebreus eram a única nação favorecida com o conhecimento do Deus verdadeiro. Quando o rei de Israel mandou indagar de um oráculo pagão, proclamou aos pagãos que confiava mais nos ídolos deles do que no Deus de seu povo, o Criador dos Céus e da Terra. Da mesma maneira os que professam conhecer a Palavra de Deus O desonram, quando se voltam da Fonte da força e da sabedoria, para pedir conselhos aos poderes das trevas. Se a ira de Deus se acendeu por tal procedimento da parte de um rei ímpio, idólatra, como considerará Ele atitude semelhante quando seguida pelos que professam ser servos Seus? Confiai em Deus e obedecei às leis da natureza TS2 55 1 Por que será que os homens são tão contrários a confiar nAquele que criou o homem, e que pode, por um toque, uma palavra, um olhar, curar toda espécie de doença? Quem é mais digno de nossa confiança do que Aquele que fez tão grande sacrifício para nossa redenção? Nosso Senhor deu-nos definidas instruções, mediante o apóstolo S. Tiago, quanto a nosso dever em caso de doença. Quando falha o auxílio humano, Deus será o auxílio de Seu povo. "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará." Tiago 5:14, 15. Se os professos seguidores de Cristo, com pureza de coração, exercessem tanta fé nas promessas de Deus como descansam nos instrumentos satânicos, experimentariam no corpo e na alma o poder vivificador do Espírito Santo. TS2 55 2 Deus concedeu a este povo grande luz; todavia não nos achamos além do alcance da tentação. Quem dentre nós está buscando auxílio dos deuses de Ecrom? Considerai este quadro -- não pintado pela imaginação. Em quantos, mesmo entre os adventistas do sétimo dia, podem-se ver seus característicos principais? Um inválido -- aparentemente muito consciencioso, todavia supersticioso e presumido -- confessa francamente seu desprezo pelas leis da saúde e da vida que a misericórdia divina nos levou a aceitar como um povo. Sua comida precisa ser preparada de maneira a satisfazer seus mórbidos, ardentes desejos. De preferência a sentar-se a uma mesa em que se oferece comida saudável, favorecerá os restaurantes, porque aí pode satisfazer sem restrições o apetite. Fluente advogado da temperança, desconsidera-lhe os princípios fundamentais. Quer alívio, mas recusa-se a obtê-lo à custa de abnegação. Esse homem está adorando no altar do apetite pervertido. É um idólatra. As faculdades que, santificadas e enobrecidas, poderiam ser empregadas para a honra de Deus, são enfraquecidas e tornadas de pouco préstimo. Um temperamento irritável, cérebro confuso e nervos desenfreados, eis alguns dos resultados de sua desconsideração para com as leis naturais. Esse homem é ineficiente, não se pode confiar nele. TS2 56 1 Quem quer que tiver a coragem e a sinceridade de o advertir do perigo, incorre por isso no seu desagrado. O mais leve indício de oposição é bastante para suscitar-lhe o espírito combativo. Mas agora apresenta-se oportunidade de buscar auxílio de alguém cujo poder vem por intermédio da feitiçaria. A essa fonte se aplica ele com fervor, gastando abundantemente tempo e dinheiro na esperança de conseguir a graça proposta. Ele está enganado, enfatuado. O poder do bruxo torna-se objeto de louvor, e outros são influenciados a buscar-lhe o auxílio. Assim é desonrado o Deus de Israel, ao passo que é reverenciado e exaltado o poder de Satanás. TS2 56 2 Quero dirigir-me em nome de Cristo a Seus professos seguidores: Permanecei na fé que recebestes desde o princípio. Fugi à tagarelice profana e vã. Em vez de pordes a confiança na feitiçaria, tende fé no Deus vivo. Maldita é a estrada que conduz a En-Dor e a Ecrom. Os pés que se arriscam a pisar terreno proibido, tropeçarão e cairão. Há um Deus em Israel, no qual há livramento para todos quantos se acham opressos. A justiça é a morada de Seu trono. TS2 56 3 Há perigo em desviar-se no mínimo das instruções do Senhor. Quando nos afastamos da positiva senda do dever, surgirá uma série de circunstâncias que nos parecem arrastar irresistivelmente para mais e mais longe do direito. A desnecessária intimidade com aqueles que não têm respeito por Deus, seduzir-nos-á, antes que nos apercebamos. O temor de ofender os amigos mundanos, impedir-nos-á de exprimir nosso reconhecimento para com Deus, ou de reconhecer nossa dependência dEle. Cumpre manter-nos apegados à Palavra de Deus. Necessitamos de suas advertências e animações, suas ameaças e promessas. Precisamos do exemplo perfeito que é dado unicamente na vida e no caráter de nosso Salvador. Não vos aventureis no terreno de Satanás TS2 57 1 Anjos de Deus preservarão Seu povo enquanto ele andar no caminho do dever; não há, porém, nenhuma garantia dessa proteção para os que deliberadamente se aventuram no terreno de Satanás. Um instrumento do grande enganador dirá e fará qualquer coisa a fim de conseguir seu objetivo. Pouco importa se ele se chama um espírita, "médico eletroterapista", ou "curador pelo magnetismo". Mediante especiosos pretextos, ele ganha a confiança dos incautos. Pretende ler a história da vida e compreender todas as dificuldades e aflições dos que a ele recorrem. Disfarçando-se em anjo de luz, ao passo que tem no coração a negrura do abismo, manifesta grande interesse em mulheres que lhe buscam o conselho. Diz-lhes que todas as suas tribulações provêm de um casamento infeliz. Isto pode ser bem verdade, mas tal conselheiro não lhe melhora a situação. Diz-lhes que elas necessitam de amor e simpatia. Simulando grande interesse em seu bem-estar, lança uma fascinação sobre suas vítimas desprevenidas, encantando-as como a serpente encanta o trêmulo passarinho. Em breve elas se acham inteiramente em seu poder; pecado, desonra e ruína, eis o terrível cortejo. TS2 57 2 Esses obreiros da iniqüidade não são poucos. Sua esteira é assinalada por lares desolados, reputações arruinadas e corações partidos. De tudo isto, porém, mal sabe o mundo; e eles continuam ainda fazendo novas vítimas, e Satanás exulta na ruína por ele realizada. TS2 57 3 O mundo visível e o invisível acham-se em íntimo contato. Pudesse erguer-se o véu, e poderíamos ver anjos maus forçando suas trevas ao redor de nós, e trabalhando com todas as suas forças para enganar e destruir. Homens ímpios são rodeados, influenciados e ajudados por espíritos maus. O homem de fé e oração, entregou sua alma à guia divina, e anjos de Deus trazem-lhe do Céu luz e resistência. TS2 58 1 Homem algum pode servir a dois senhores. A luz e as trevas não são mais opostos do que o serviço de Deus e o de Satanás. O profeta Elias apresentou a questão em seu verdadeiro aspecto quando, destemidamente, apelou para o apóstata Israel: "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o." 1 Reis 18:21. TS2 58 2 Os que se entregam à feitiçaria de Satanás, podem gabar-se de grande benefício recebido daí; mas prova isto que sua orientação é sábia ou segura? Que importa se a vida é prolongada? Que importa se o ganho temporal é assegurado? Valerá isto afinal o desrespeito da vontade de Deus? Todo esse aparente ganho se demonstrará por fim irremediável perda. Não podemos, impunemente, derribar uma única barreira erguida por Deus a fim de guardar Seu povo do poder de Satanás. TS2 58 3 Nossa única segurança consiste em conservar os antigos marcos miliários. "À Lei, e ao Testemunho: se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20 (TT). ------------------------Capítulo 9 -- Olhando a Jesus TS2 59 1 Muitos cometem em sua vida religiosa um erro sério, por manterem a atenção fixa nos sentimentos próprios, julgando assim seu progresso ou declínio. Os sentimentos não são critério seguro. Não devemos olhar para nosso interior em busca de prova de nossa aceitação para com Deus. Aí nada encontraremos senão para nos desanimar. Nossa única esperança está em olhar "a Jesus, Autor e Consumador de nossa fé". Hebreus 12:2. NEle há tudo quanto possa inspirar esperança, fé e ânimo. Ele é nossa justiça, nossa consolação e regozijo. TS2 59 2 Os que olham para dentro de si mesmos em busca de conforto, fatigar-se-ão e ficarão decepcionados. O senso de nossa fraqueza e indignidade deve levar-nos, em humildade de coração, a alegar o sacrifício expiatório de Cristo. Ao nos apoiarmos em Seus méritos, encontraremos descanso e paz e alegria. Ele salva perfeitamente a todos quantos, por meio dEle, vão ter com Deus. TS2 59 3 Precisamos confiar cada dia, a cada hora em Jesus. Ele prometeu que como os nossos dias será a nossa força. Por Sua graça, podemos levar todos os fardos do presente e cumprir todos os seus deveres. Muitos, porém, vergam à antecipação de aflições futuras. Estão continuamente a trazer para hoje as preocupações de amanhã. Assim, grande parte de suas tribulações são imaginárias. Para estas, Jesus não tomou providências. Ele promete graça apenas para o dia. Manda-nos que não nos preocupemos com os cuidados e tribulações de amanhã; pois "basta a cada dia o seu mal". Mateus 6:34. TS2 59 4 O hábito de ficar pensando em males antecipados, não é sábio nem cristão. Assim fazendo, deixamos de gozar as bênçãos e aproveitar as oportunidades do presente. O Senhor exige que cumpramos os deveres do dia de hoje, e lhe suportemos as provas. Hoje, devemos vigiar a fim de não pecarmos por palavras e atos. Cumpre-nos hoje louvar e honrar a Deus. Pelo exercício de uma fé viva hoje, temos de conquistar o inimigo. Precisamos buscar hoje a Deus, e estar decididos a não ficar satisfeitos sem Sua presença. Devemos vigiar e trabalhar e orar como se este fosse o último dia que nos fosse concedido. Quão intensamente zelosa, então, seria nossa vida! Quão de perto seguiríamos a Jesus em todas as nossas palavras e ações! Tornai Jesus vosso confidente TS2 60 1 Poucos há que apreciem ou aproveitem devidamente o precioso privilégio da oração. Devemos ir ter com Jesus e dizer-Lhe todas as nossas necessidades. Podemos levar-Lhe nossos pequenos cuidados e perplexidades, da mesma maneira que as maiores aflições. Seja o que for que surja para nos perturbar ou afligir, devemos levar ao Senhor em oração. Quando sentirmos que necessitamos da presença de Cristo a todo instante, Satanás terá pouco ensejo de introduzir suas tentações. É seu estudado esforço manter-nos afastados de nosso melhor e mais compassivo amigo. Não devemos tornar ninguém senão Jesus nosso confidente. Podemos com segurança comunicar-Lhe tudo quanto se acha em nosso coração. TS2 60 2 Irmãos e irmãs, quando vos reunis para o culto de oração, crede que Jesus Se reúne convosco; crede que está disposto a abençoar-vos. Desviai os olhos do próprio eu; olhai a Jesus, falai de Seu incomparável amor. Contemplando-O, sereis transformados à Sua semelhança. Quando orardes, sede breves, ide diretamente ao ponto. Não pregueis um sermão ao Senhor em vossas longas orações. Pedi o pão da vida como uma criança faminta pede pão a seu pai terrestre. Deus nos concederá toda bênção de que necessitamos, uma vez que Lhe peçamos em simplicidade e fé. TS2 60 3 As orações feitas por ministros antes de seus sermões, são muitas vezes longas e inadequadas. Abrangem toda uma série de necessidades que não têm relação com o momento ou com as precisões do povo. Tais orações são apropriadas para nosso aposento particular, não para serem feitas em público. Os ouvintes ficam fatigados, e anseiam que o ministro pare. Irmãos, arrebatai convosco o povo em vossas orações. Ide com fé ao Salvador, dizei-Lhe do que necessitais nessa ocasião. Deixai que a alma se dilate buscando a Deus com intenso anelo quanto à bênção necessária na ocasião. TS2 61 1 A oração é o mais santo exercício da alma. Deve ser sincera, humilde, fervorosa -- os desejos de um coração renovado exalados na presença de um Deus santo. Quando o suplicante sente achar-se na presença divina, o próprio eu será perdido de vista. Ele não terá desejos de exibir talento humano; não procurará agradar o ouvido dos homens, mas obter a bênção intensamente ambicionada pela alma. TS2 61 2 Se tão-somente pegássemos na palavra do Senhor, quantas bênçãos poderiam pertencer-nos! Quem dera que houvesse mais oração fervente, eficaz! Cristo será o ajudador de todos quantos O buscam com fé. ------------------------Capítulo 10 -- O selo de Deus TS2 62 1 "Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Fazei chegar os intendentes da cidade, cada um com suas armas destruidoras na mão." TS2 62 2 "E clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri: não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos e virgens, e meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezequiel 9:1, 3-6. TS2 62 3 Jesus está prestes a deixar o propiciatório do santuário celestial, a fim de envergar vestes de vingança, e derramar Sua ira em juízo sobre aqueles que não corresponderam à luz que Deus lhes deu. "Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal." Eclesiastes 8:11. Em vez de se enternecerem pela paciência e longanimidade que o Senhor tem exercido para com eles, os que não temem a Deus nem amam a verdade, fortalecem o coração no mau caminho. Há, porém, limites até para a longanimidade de Deus, e muitos estão ultrapassando tais limites. Sobrepujaram os limites da graça, e portanto Deus deve intervir e reivindicar Sua honra. Deus chama a contas as nações TS2 63 1 Disse o Senhor acerca dos amorreus: "E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia." Posto que esta nação se salientasse por sua idolatria e corrupção, não havia contudo enchido a taça de sua iniqüidade, e Deus não queria dar a ordem para sua destruição completa. O povo deveria ver o poder divino manifestado de maneira assinalada, para que ficasse sem desculpa. O compassivo Criador desejava suportar-lhes a iniqüidade até à quarta geração. Então, se não se visse mudança para melhor, Seus juízos cairiam sobre eles. TS2 63 2 Com infalível precisão, o Ser infinito ainda mantém, por assim dizer, uma conta com todas as nações. Enquanto Sua misericórdia se oferece com convites ao arrependimento, esta conta permanecerá aberta; quando, porém, os algarismos atingem um certo total que Deus fixou, começa o ministério de Sua ira. Encerra-se a conta. Cessa a paciência divina. Não mais há intercessão de misericórdia a favor delas. TS2 63 3 O profeta, olhando através dos séculos, teve apresentado a sua visão esse tempo. As nações da atualidade têm sido recipientes de misericórdias inéditas. As mais escolhidas bênçãos de Deus lhes foram dadas, mas ao seu débito se acham registrados crescente orgulho, cobiça, idolatria, menosprezo de Deus e vil ingratidão. Estão a passos rápidos encerrando sua conta com Deus. TS2 63 4 Mas o que me faz tremer é o fato de que aqueles que têm tido a maior luz e privilégios, tornaram-se contaminados pela iniqüidade que prevalece. Influenciados pelos injustos que os cercam, muitos mesmo dos que professam a verdade, se tornaram frios e são levados ao sabor das fortes correntes do mal. O geral escárnio lançado contra a verdadeira piedade e santidade, leva os que não se acham intimamente ligados a Deus a perder sua reverência por Sua lei. Se seguissem a luz e de coração obedecessem à verdade, essa santa lei lhes pareceria mesmo mais preciosa, quando assim desprezada e rejeitada. Ao tornar-se mais manifesto o desrespeito à lei de Deus, torna-se mais distinta a linha de demarcação entre seus observadores e o mundo. O amor aos preceitos divinos aumenta com uma classe de pessoas, à medida que aumenta o desprezo por eles, da parte de outra classe. TS2 64 1 A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de Deus. Conquanto Lhe repugne castigar, não obstante castigará, e isto presto. Aqueles que andam na luz verão sinais do perigo que se aproxima; mas não deverão sentar-se em silenciosa e despreocupada expectativa de ruína, conformando-se com a crença de que Deus abrigará Seu povo no dia da visitação. Longe disto, deverão compreender que é seu dever trabalhar diligentemente para salvar outros, esperando, com grande fé, auxílio da parte de Deus. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tiago 5:16. TS2 64 2 O fermento da piedade não perdeu inteiramente seu poder. Na ocasião em que maiores são o perigo e a crise da igreja, a pequena hoste que permanece na luz estará suspirando e clamando por causa das abominações cometidas na Terra. Mais especialmente, porém, suas orações subirão em favor da igreja, porque seus membros estão agindo segundo a maneira do mundo. TS2 64 3 As fervorosas orações destes poucos fiéis, não serão debalde. Quando vier o Senhor para exercer vingança, virá também como protetor de todos os que conservaram pureza de fé, e se guardaram incontaminados do mundo. É nesta ocasião que Deus prometeu vingar Seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite. ... TS2 64 4 A ordem é: "Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela." Ezequiel 9:4. Esses que suspiram e gemem haviam estado a pregar as palavras da vida; haviam reprovado, aconselhado e suplicado. Alguns dos que estavam desonrando a Deus, arrependeram-se e humilharam o coração diante dEle. Mas a glória do Senhor apartara-se de Israel; se bem que muitos ainda continuassem as formas da religião, faltava Seu poder e Sua presença. TS2 65 1 Ao tempo em que Sua ira se manifestar em juízos, esses humildes e devotados seguidores de Cristo se distinguirão do resto do mundo pela angústia de sua alma, a qual se exprime em lamentos e pranto, reprovações e advertências. Ao passo que outros procuram lançar uma capa sobre o mal existente, e desculpam a grande impiedade reinante em toda parte, os que têm zelo pela honra de Deus e amor pelas almas, não se calarão a fim de granjear o favor de ninguém. Sua alma justa aflige-se dia a dia pelas obras e costumes profanos dos ímpios. São impotentes para deter a impetuosa torrente da iniqüidade, e assim se enchem de dor e sobressalto. Lamentam diante de Deus o verem a religião desprezada nos próprios lares daqueles que receberam grande luz. Lamentam-se e afligem sua alma porque se encontram na igreja orgulho, avareza, egoísmo e engano quase de toda espécie. O Espírito de Deus, que impulsiona a aceitar a reprovação, é espezinhado, ao passo que os servos de Satanás triunfam. Deus é desonrado, a verdade tornada de nenhum efeito. TS2 65 2 A classe que não se entristece por seu próprio declínio espiritual, nem chora sobre os pecados dos outros, será deixada sem o selo de Deus. O Senhor comissiona Seus mensageiros, os homens que têm armas destruidoras nas mãos: "Passai pela cidade após ele, e feri: não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos, e virgens, e meninos e mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezequiel 9:6. TS2 65 3 Vemos aí que a igreja -- o santuário do Senhor -- foi a primeira a sentir o golpe da ira de Deus. Os anciãos, aqueles a quem Deus dera grande luz, e que haviam ocupado o lugar de depositários dos interesses espirituais do povo, haviam traído o seu depósito. Colocaram-se no ponto de vista de que não precisamos esperar milagres e as assinaladas manifestações do poder de Deus, como nos dias da antiguidade. Os tempos mudaram. Estas palavras fortaleceram-lhes a incredulidade, e dizem: O Senhor não fará bem nem mal. É demasiado misericordioso para visitar Seu povo em juízos. Assim, paz e segurança é o grito de homens que nunca mais erguerão a voz como trombeta para mostrar ao povo de Deus suas transgressões, e à casa de Jacó os seus pecados. Esses cães mudos, que não querem ladrar, são aqueles que sentirão a justa vingança de um Deus ofendido. Homens, virgens e crianças, todos perecerão juntos. Os piores pecados TS2 66 1 As abominações pelas quais os fiéis suspiravam e gemiam era tudo quanto podia ser discernido por olhos finitos, mas os pecados incomparavelmente piores, os que provocavam o zelo de um Deus puro e santo, achavam-se encobertos. O grande Esquadrinhador dos corações sabe todo pecado cometido secretamente, pelos obreiros da iniqüidade. Essas pessoas chegam a sentir-se seguras em seus enganos, e por causa da longanimidade divina, dizem que o Senhor não vê, e depois procedem como se Ele houvesse abandonado a Terra. Ele, porém, descobrir-lhes-á a hipocrisia, e revelará perante outros os pecados que tão cuidadosos eram em ocultar. TS2 66 2 Nenhuma superioridade de classe, dignidade ou sabedoria humana, nenhuma posição em serviço sagrado, guardará os homens de sacrificar o princípio quando abandonados a seu próprio, enganoso coração. Aqueles que têm sido considerados como dignos e justos, demonstram-se cabeças de facção na apostasia, e exemplos na indiferença e no abuso das misericórdias de Deus. Ele não tolerará por mais tempo seu ímpio procedimento, e em Sua ira, trata-os sem misericórdia. TS2 66 3 É com relutância que o Senhor retira Sua presença daqueles que foram abençoados com grande luz, e que experimentaram o poder da Palavra em ministrar aos outros. Foram outrora servos fiéis, favorecidos com Sua presença e guia; dEle se apartaram, porém, e induziram outros ao erro, e caem portanto no desagrado divino. Sobre quem é colocado o selo TS2 67 1 O dia da vingança de Deus está precisamente diante de nós. O selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. Aqueles que se ligam ao mundo por laços de simpatia, estão comendo e bebendo com os ébrios, e certamente serão destruídos com os que obram a iniqüidade. "Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males." 1 Pedro 3:12. TS2 67 2 Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. Já algumas gotas da ira de Deus caíram sobre a Terra; quando, porém, as sete últimas pragas forem derramadas sem mistura no cálice de Sua indignação, então para sempre será demasiado tarde para o arrependimento e procura de um abrigo. Nenhum sangue expiatório lavará então as manchas do pecado. TS2 67 3 "E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos de Teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro." Daniel 12:1. Quando vier este tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. Estes poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra, arregimentados pela hoste do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito? TS2 68 1 Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar, não nos vêm num instante. Estas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus estiveram selando o seu destino. Assediados de inúmeras tentações, souberam que deveriam resistir firmemente ou ser vencidos. Compreenderam que tinham uma grande obra para fazer, e em qualquer momento poderiam ser chamados a depor sua armadura; e se chegassem ao final de sua vida com seu trabalho inacabado, isto significaria perda eterna. Aceitaram avidamente a luz do Céu, como fizeram os primeiros discípulos, dos lábios de Jesus. Quando estes primitivos cristãos foram exilados para as montanhas e desertos; quando abandonados em masmorras para morrer a fome, de frio, ou pela tortura; quando o martírio parecia ser o único caminho para saírem de sua angústia, regozijaram-se de que fossem considerados dignos de sofrer por amor de Cristo, que por eles foi crucificado. O digno exemplo deles será um conforto e animação para o povo de Deus, que passará por um tempo de angústia tal como nunca houve. TS2 68 2 Nem todos os que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes. Aqueles que estiveram tão familiarizados com as profecias e com os tesouros da sabedoria divina, deveriam ter agido de conformidade com sua fé. Deveriam ter dirigido sua casa segundo os mesmos princípios, para que por meio de uma família bem ordenada pudessem apresentar ao mundo a influência da verdade no coração humano. TS2 68 3 Por sua falta de consagração e piedade, e por deixarem de alcançar uma norma religiosa elevada, levam outras almas a contentarem-se com sua posição. Homens de juízo finito não podem ver que, imitando esses homens que tantas vezes lhes abriram os tesouros da Palavra de Deus, certamente hão de pôr em perigo sua alma. Jesus é o único modelo verdadeiro. Cada qual tem de agora investigar a Bíblia por si mesmo, de joelhos perante Deus, com o coração humilde e dócil de uma criança, se ele quiser saber o que é que o Senhor dele requer. Por muito alto que qualquer ministro tenha estado no favor de Deus, se negligenciar seguir a luz que lhe é dada por Deus, se se recusar a ser ensinado como uma criancinha, ele entrará em trevas e enganos satânicos, e levará outros para a mesma vereda. TS2 69 1 Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste. TS2 69 2 Satisfazemo-nos muito facilmente com nossas consecuções. Sentimo-nos ricos e acrescidos de bens, e não sabemos que somos desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus. Apocalipse 3:17. Hoje é o tempo para atender-se à admoestação da Testemunha verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." V. 18. É necessária a fé viva TS2 69 3 Devemos nesta vida enfrentar terríveis provas e fazer dispendiosos sacrifícios, mas a paz de Cristo é a recompensa. Tem havido tão pouca abnegação, tão pouco sofrimento por amor a Cristo, que a cruz é quase inteiramente esquecida. Devemos ser co-participantes de Cristo em Seus sofrimentos, se quisermos sentar-nos em triunfo com Ele em Seu trono. Enquanto preferirmos o caminho fácil da condescendência própria, e nos amedrontarmos com a abnegação, nunca se afirmará a nossa fé, e não poderemos conhecer a paz de Jesus nem a alegria que provêm do sentimento da vitória. Os mais exaltados daquela hoste de resgatados que estão em pé diante do trono de Deus e do Cordeiro, vestidos de branco, conhecem a luta necessária para vencer, pois vieram de grande tribulação. Aqueles que se renderam às circunstâncias em vez de empenhar-se neste conflito, não saberão como ficar em pé naquele dia em que haverá angústia em toda alma, e, ainda que Noé, Jó e Daniel estivessem na Terra, não poderiam salvar nem filho nem filha, pois cada um deve livrar sua alma por sua própria justiça. TS2 70 1 Ninguém necessita dizer que não há esperança para o seu caso, e que não pode viver a vida de cristão. Mediante a morte de Cristo, amplas providências foram tomadas em favor de cada alma. Jesus é o nosso auxílio sempre presente em tempo de necessidade. Tão-somente invocai-O com fé, e Ele prometeu ouvir e atender vossas petições. TS2 70 2 Sim, fé viva e eficaz! Dela necessitamos; devemos possuí-la, ou desfaleceremos e fracassaremos no dia da prova. As trevas que então hão de cair em nosso caminho não deverão desanimar-nos nem levar-nos ao desespero. É o véu com que Deus cobre Sua glória, ao vir Ele para comunicar Suas ricas bênçãos. Deveríamos saber isto por nossa experiência passada. No dia em que Deus tiver uma contenda com o Seu povo, esta experiência será uma fonte de conforto e esperança. TS2 70 3 É agora que devemos conservar-nos e a nossos filhos incontaminados do mundo. É agora que devemos lavar as vestes de nosso caráter, tornando-as alvas no sangue do Cordeiro. Agora é que devemos vencer o orgulho, as paixões, e a indolência espiritual. Agora é que devemos despertar e fazer decididos esforços para dar simetria ao nosso caráter. "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração." Hebreus 4:7. Encontramo-nos em situação muitíssimo probante, esperando e aguardando o aparecimento de nosso Senhor. O mundo está em trevas. "Mas vós, irmãos", diz S. Paulo, "já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão". 1 Tessalonicenses 5:4. Sempre foi propósito de Deus tirar das trevas luz, da tristeza alegria, do cansaço descanso, para serem fruídos pela alma expectante, anelante. TS2 70 4 Que estais fazendo, irmãos, na grande obra de preparação? Os que se estão unindo com o mundo, estão-se amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade. TS2 71 1 Agora é o tempo de preparar-nos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus -- candidatos para o Céu. Pesquisai as Escrituras por vós mesmos, para que possais compreender a terrível solenidade do tempo presente. TS2 71 2 A própria vida não deve ser comprada com o preço da falsidade. Por uma palavra ou um gesto da cabeça, os mártires poderiam ter negado a verdade, salvando a vida. Concordando em lançar sobre o altar do ídolo uma simples pitada de incenso, poderiam ter-se salvo do potro, do patíbulo ou da cruz. Mas recusavam-se a ser falsos na palavra e nos atos, embora fosse a vida o prêmio que receberiam por esse procedimento. A prisão, tortura e morte, com a consciência clara, eram-lhes bem-vindos, de preferência ao livramento sob condição de mentira, falsidade e apostasia. Pela fidelidade e fé em Cristo, alcançaram vestes imaculadas e coroas cravejadas de gemas. Sua vida foi enobrecida e elevada à vista de Deus, por isso que se puseram firmemente do lado da verdade sob as circunstâncias mais agravantes. -- Testimonies for the Church 4:336 (1879). ------------------------Capítulo 11 -- Um apelo TS2 72 1 Que vos poderei dizer, meus irmãos, que vos desperte de vossa segurança carnal? Têm-me sido mostrados vossos perigos. Há na igreja tanto crentes como descrentes. Cristo apresenta essas duas classes, em Sua parábola da videira e seus ramos. Exorta Ele a Seus seguidores: "Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer." João 15:4, 5. TS2 72 2 Há grande diferença entre uma suposta união e uma união verdadeira com Cristo, pela fé. O professar crer na verdade põe homens na igreja, mas isso não prova que tenham união vital com a Videira verdadeira. É-nos dada uma regra pela qual pode ser distinguido o verdadeiro discípulo, daqueles que alegam seguir a Cristo mas nEle não têm fé. Aqueles produzem fruto; estes são infrutíferos. Aqueles são muitas vezes sujeitos à podadeira de Deus, para que possam produzir mais fruto; estes, como ramos murchos, estão para ser cortados da Videira viva. TS2 72 3 Estou profundamente desejosa de que nosso povo preserve entre eles o testemunho vivo; e que a igreja seja mantida isenta do elemento descrente. Poderemos imaginar uma relação mais íntima com Cristo do que a exposta nas palavras: "Eu sou a Videira, vós as varas?" As fibras dos ramos são quase idênticas às da videira. A comunicação da vida, força e frutificação, do tronco para os ramos, é constante e sem obstáculos. A raiz envia seu alimento através dos ramos. Tal é a verdadeira relação do crente para com Cristo. Permanece em Cristo, e dEle obtém sua nutrição. TS2 73 1 Esta relação espiritual só pode ser estabelecida pelo exercício da fé pessoal. Essa fé deve expressar suprema preferência de nossa parte, perfeita confiança, inteira consagração. Nossa vontade tem de estar completamente submetida à vontade divina, nossos sentimentos, desejos, interesses e honra, identificados com a prosperidade do reino de Cristo e a honra de Sua causa, nós constantemente dEle recebendo graça, e Cristo aceitando nossa gratidão. TS2 73 2 Formada essa intimidade de relação e comunhão, nossos pecados são postos sobre Cristo e Sua justiça nos é imputada. Ele foi feito pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus. Por Ele temos acesso a Deus; somos aceitos no Amado. Todo aquele que, por palavra ou ato, prejudicar um crente, por esse modo fere a Jesus. Todo que der um copo de água fria a um discípulo por ser filho de Deus, será por Cristo considerado como Lho tendo dado a Ele. TS2 73 3 Foi quando Cristo estava para Se despedir de Seus discípulos, que Ele lhes deu o lindo emblema de Sua relação com os crentes. Estivera a apresentar-lhes a íntima união com Ele, pela qual podiam manter a vida espiritual quando fosse afastada Sua presença visível. Para impressionar-lhes o espírito, apresentou-lhes a videira como seu símbolo mais notável e apropriado. TS2 73 4 Os judeus tinham sempre considerado a videira a mais nobre das plantas, símbolo de tudo que era poderoso, excelente, e frutífero. Era como se Jesus dissesse: "A videira, que tanto prezais, é um símbolo. Eu sou a realidade; Eu sou a Videira verdadeira. Como nação, prezais a videira; como pecadores que sois, deveríeis prezar-Me acima de todas as coisas terrenas. Não pode o ramo viver separado da videira; tampouco podeis vós viver a menos que permaneçais em Mim." ... A escolha do ambiente doméstico apropriado TS2 74 1 Poucos reconhecem a importância de evitar, quanto possível, todas as associações contrárias à vida religiosa. Ao escolher seu ambiente, poucos tornam sua prosperidade espiritual sua primeira preocupação. TS2 74 2 Os pais afluem com a família às cidades, porque imaginam ser mais fácil obter aí subsistência do que no campo. Os filhos, nada tendo que fazer quando não se acham na escola, recebem uma educação de rua. Adquirem, das más companhias, hábitos de vícios e desenfreamento. Os pais vêem tudo isto, mas requer sacrifício o corrigir-lhes os erros, e ficam onde estão, até que Satanás toma inteiro domínio de seus filhos. É melhor sacrificar toda e qualquer consideração mundana do que pôr em risco as preciosas almas confiadas ao vosso cuidado. Elas serão assediadas pelas tentações, e devem ser ensinadas a enfrentá-las; mas é vosso dever cortar qualquer influência, romper com todo hábito, quebrar todo laço que impedir de, com a vossa família, vos entregardes a Deus de maneira mais franca, positiva e sincera. TS2 74 3 Em lugar da cidade apinhada, buscai algum ambiente afastado onde vossos filhos possam estar, tanto quanto possível, ao abrigo das tentações, e ali preparai-os e educai-os de modo a se tornarem úteis. O profeta Ezequiel assim enumera as causas que levaram ao pecado e destruição de Sodoma: "Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado." Todos os que querem escapar da condenação de Sodoma, devem fugir do procedimento que trouxe os juízos de Deus sobre aquela ímpia cidade. TS2 74 4 Meus irmãos, vós desrespeitais as mais sagradas reivindicações de Deus, por vossa negligência de vos consagrardes a Ele, a vós e a vossos filhos. Muitos de vós estão repousando em segurança falsa, absortos em interesses egoístas e atraídos por tesouros terrestres. Não temeis mal algum. O perigo vos parece muito remoto. Sereis enganados, iludidos, para vossa ruína eterna, a menos que desperteis e com penitência e profunda humilhação vos volteis ao Senhor. TS2 75 1 Repetidas vezes a voz do Céu vos falou. Obedecereis a essa voz? Acatareis o conselho da Testemunha Verdadeira, de buscar o ouro provado no fogo, as vestes brancas e o colírio? O ouro é fé e amor, as vestes brancas são a justiça de Cristo, o colírio é aquele discernimento espiritual que vos habilitará a reconhecer as ciladas de Satanás e evitá-las, a descobrir o pecado e aborrecê-lo, a ver a verdade e obedecer-lhe. TS2 75 2 A mortal letargia do mundo está paralisando vossos sentidos. O pecado já não vos parece repulsivo, porque estais cegados por Satanás. Os juízos de Deus dentro em breve serão derramados sobre a Terra. "Escapa-te por tua vida" (Gênesis 19:17), eis a advertência dos anjos de Deus. Outras vozes se ouvem, dizendo: "Não vos impressioneis; não existe motivo para alarma especial." Os que, em Sião, se acham à vontade, clamam: "Paz e segurança!" enquanto o Céu declara que está para vir sobre os transgressores rápida destruição. Os jovens, os frívolos, os amantes de prazeres, consideram essas advertências como fábulas vãs, e lhes volvem costas com um gracejo. Os pais inclinam-se a pensar que seus filhos vão muito bem, e todos continuam modorrando à vontade. Assim foi ao ser destruído o mundo antigo, e quando Sodoma e Gomorra foram destruídas pelo fogo. Na véspera de sua destruição, as cidades da planície tumultuavam em prazeres. Ló foi ridicularizado por seus temores e advertências. Mas foram aqueles escarnecedores que pereceram nas chamas. Naquela mesma noite a porta da misericórdia foi para sempre cerrada para os ímpios, descuidosos habitantes de Sodoma. TS2 75 3 É Deus quem segura nas mãos o destino das almas. Ele não será escarnecido para sempre; não será para sempre desdenhado. Já os Seus juízos se manifestam na Terra. Ferozes e terríveis tempestades deixam a destruição e morte em sua esteira. O fogo devorador nivela a desolada floresta e a cidade apinhada. Tempestade e naufrágio aguardam os que viajam no mar. Acidentes e calamidades ameaçam a todos os que viajam em terra. Furacões, terremotos, espada e fome, seguem em rápida sucessão. Contudo, o coração dos homens se acha endurecido. Não reconhecem a voz de advertência de Deus. Não fogem para o único refúgio da tempestade que se aproxima. TS2 76 1 Muitos que foram colocados sobre os muros de Sião, para vigiar com vista de águia a aproximação do perigo e erguerem a voz de advertência, estão eles mesmos adormecidos. Os mesmos que deveriam ser os mais ativos e vigilantes nesta hora de perigo, estão negligenciando seu dever e trazendo sobre si mesmos o sangue de almas. TS2 76 2 Deixastes de dar a vossos filhos a atenção e animação de que carecem. Não os ligastes a vosso coração pelas ternas cordas do amor. Vossa ocupação é grande sobrecarga para vosso tempo e energias, levando-vos a negligenciardes deveres domésticos. No entanto vos tornastes tão habituados a esses encargos, que dir-se-ia grande sacrifício depô-los; todavia, se isso quisésseis fazer, seria em benefício de vosso interesse espiritual, e para felicidade e bem moral de vossos filhos. Bem vos faria pôr de lado vossos desconcertantes cuidados, e buscardes um retiro no campo, onde não haja tão forte influência para corromper a moral dos jovens. TS2 76 3 Certo, não ficaríeis, no campo, inteiramente livres dos aborrecimentos e complexos cuidados; mas evitaríeis ali muitos males, e fecharíeis a porta ao dilúvio de tentações que ameaçam levar de vencida o espírito de vossos filhos. Eles carecem de ocupação e variedade. A monotonia de seu lar torna-os desassossegados e impertinentes, e contraíram o hábito de misturar-se com os viciosos rapazes da cidade, obtendo assim uma educação de rua. -- Testimonies for the Church 4:135, 136 (1876). ------------------------Capítulo 12 -- Unidade cristã TS2 77 1 "Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer." 1 Coríntios 1:10. TS2 77 2 A união é força; a divisão, fraqueza. Quando se acham unidos os que crêem na verdade presente, exercem poderosa influência. Satanás bem compreende isso. Nunca se achou mais determinado do que agora, para tornar de nenhum efeito a verdade de Deus, causando amargura e dissensão entre o povo do Senhor. TS2 77 3 O mundo é contra nós, as igrejas populares são contra nós, as leis da Terra em breve serão contra nós. Se já houve tempo em que o povo de Deus devesse unir-se, é agora esse tempo. Deus nos confiou as verdades especiais para este tempo, a fim de as tornar conhecidas ao mundo. A última mensagem de misericórdia está sendo proclamada agora. Estamos lidando com homens e mulheres que rumam ao juízo. Quão cuidadosos devemos ser para, em cada palavra e ato seguir de perto o Modelo, para que nosso exemplo leve homens a Cristo. Com que cuidado devemos procurar apresentar a verdade de tal modo que os outros, contemplando-lhe a beleza e simplicidade, sejam levados a recebê-la. Se nosso caráter testifica de seu poder santificador seremos uma contínua luz aos outros -- epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos. Não podemos agora correr o risco de dar lugar a Satanás nutrindo a desunião, discórdia e lutas. TS2 77 4 Que existisse a união e amor entre Seus discípulos, foi a preocupação expressa na última oração de nosso Salvador por eles, antes de Sua crucifixão. Tendo ante Si a agonia da cruz, Sua solicitude não foi por Si mesmo, mas por aqueles que Ele deixaria a continuar Sua obra na Terra. As provas mais severas os aguardavam; mas Jesus viu que seu perigo maior proviria de um espírito de amargura e divisão. Daí orar Ele: TS2 78 1 "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:17-21. TS2 78 2 Essa oração de Jesus abrange todos os Seus seguidores, até ao fim do tempo. Nosso Salvador previa as provas e perigos de Seu povo; Ele não é indiferente às dissensões e divisões que perturbam e enfraquecem Sua igreja. Contempla-nos com mais profundo interesse e mais terna compaixão do que a do coração dos pais terrestres para com um filho transviado e aflito. Manda que aprendamos dEle. Convida-nos a nEle confiarmos. Ordena-nos que abramos o coração para acolher o Seu amor. Deu-Se em penhor, para nos ajudar. Constante guia espiritual TS2 78 3 Quando Cristo ascendeu ao Céu, deixou a obra na Terra aos cuidados de Seus servos, os subpastores: "Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo." Efésios 4:11-13. TS2 78 4 Ao enviar os Seus ministros, nosso Salvador deu dons aos homens, pois por meio deles Ele comunica ao mundo as palavras da vida eterna. Este é o meio ordenado por Deus para o aperfeiçoamento dos santos em conhecimento e verdadeira santidade. A obra dos servos de Cristo não é meramente pregar a verdade; devem vigiar pelas almas, como os que têm que dar contas a Deus. Devem redargüir, repreender, exortar, com toda a longanimidade e doutrina. TS2 79 1 Todos os que foram beneficiados pelos trabalhos do servo de Deus, devem, segundo sua habilidade, unir-se-lhe no trabalho pela salvação de almas. Esta é a obra de todos os verdadeiros crentes, ministros e povo. Devem conservar sempre em mente o grande objetivo, buscando cada qual preencher sua devida posição na igreja, e todos trabalhando conjuntamente em ordem, harmonia e amor. TS2 79 2 Nada existe de egoísta ou estreito na religião de Cristo. Seus princípios são difusivos e progressivos. Ela é por Cristo representada como a luz brilhante, como o sal que conserva, como o fermento que transforma. Com zelo, fervor e devoção, os servos de Deus procurarão propagar perto e longe o conhecimento da verdade; contudo, não negligenciarão o empenho pelo fortalecimento e unidade da igreja. Vigiarão cuidadosamente a fim de que não seja dada oportunidade para se introduzirem a diversidade e divisão. TS2 79 3 Têm ultimamente surgido entre nós homens que professam ser servos de Cristo, mas cuja obra se opõe àquela unidade que nosso Senhor estabeleceu na igreja. Têm métodos e planos de trabalho originais. Desejam introduzir mudanças na igreja, segundo suas idéias de progresso, e imaginam que deste modo se obtenham grandes resultados. Esses homens precisam ser discípulos em vez de mestres na escola de Cristo. Estão sempre desassossegados, aspirando realizar alguma grande obra, fazer algo que lhes traga honra a si mesmos. Precisam aprender aquela mais proveitosa de todas as lições: a humildade e fé em Jesus. Alguns há que observam seus coobreiros, procurando ansiosamente mostrar os seus erros, quando deveriam, em vez disso, procurar fervorosamente preparar sua própria alma para o grande conflito que têm à frente. O Salvador lhes ordena: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. TS2 80 1 Professores da verdade, missionários, oficiais da igreja, podem efetuar boa obra pelo Mestre, se tão-somente purificarem sua própria alma pela obediência à verdade. Todo cristão vivo será um desinteressado obreiro por Deus. O Senhor nos deu o conhecimento de Sua vontade, a fim de que nos pudéssemos tornar condutos de luz aos outros. Se Cristo habitar em nós, não poderemos deixar de por Ele trabalhar. É impossível reter o favor de Deus e gozar a bênção do amor do Salvador, e ao mesmo tempo ser indiferente ao perigo dos que estão a perecer em seus pecados. "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto." João 15:8. Paulo insta em favor da unidade e amor TS2 80 2 Paulo insta com os efésios para que preservem a unidade e amor: "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos." Efésios 4:1-6. TS2 80 3 O apóstolo exorta seus irmãos a manifestarem em sua vida o poder da verdade que ele lhes apresentara. Por sua mansidão e bondade, paciência e amor, deviam exemplificar o caráter de Cristo e as bênçãos de Sua salvação. Só há um corpo, e um Espírito, um Senhor, uma fé. Como membros do corpo de Cristo, todos os crentes são animados pelo mesmo espírito e a mesma esperança. Divisões na igreja desonram a religião de Cristo ante o mundo, e dão ocasião aos inimigos da verdade para justificar o seu procedimento. As instruções de Paulo não foram escritas apenas para a igreja de seus dias. Era desígnio de Deus que viessem até nós. Que estamos fazendo para preservar a unidade, nos laços da paz? TS2 80 4 Quando o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja primitiva, os irmãos amavam-se uns aos outros. "... comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar." Atos dos Apóstolos 2:46, 47. Aqueles cristãos primitivos eram poucos em número, sem abastança ou honras, mas exerciam poderosa influência. Deles irradiava a luz do mundo. Eram um terror aos malfeitores, onde quer que eram conhecidos seu caráter e doutrinas. Por isso eram odiados pelos ímpios e perseguidos até à morte. Imutável a norma de Deus TS2 81 1 A norma de santidade é hoje a mesma que nos dias dos apóstolos. Nem as promessas nem as reivindicações de Deus perderam coisa alguma de sua força. Mas qual é o estado do professo povo do Senhor, em comparação com a igreja primitiva? Onde está o Espírito e poder de Deus, que naquele tempo acompanhava a pregação do Evangelho? Ai, "como se escureceu o ouro! como se mudou o ouro fino e bom!" Lamentações 4:1. TS2 81 2 O Senhor plantou Sua igreja como uma vinha em campo fértil. Com o mais terno cuidado Ele a cultivou, para que produzisse frutos de justiça. Sua linguagem é: "Que mais se poderia fazer à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito?" Mas essa vinha, plantada por Deus, inclinou-se para a terra e prendeu suas gavinhas em volta de suportes humanos. Seus ramos se estendem por toda a parte, mas produz frutos de uma videira degenerada. O Senhor da vinha declara: "Esperando Eu que desse uvas, veio a produzir uvas bravas." Isaías 5:4. TS2 81 3 O Senhor concedeu grandes bênçãos a Sua igreja. A justiça exige que ela devolva esses talentos com juros. Como aumentaram os tesouros da verdade confiados a sua guarda, aumentaram também suas obrigações. Mas em vez de desenvolver esses dons e avançar rumo da perfeição, ela volveu atrás daquilo que alcançara em sua experiência anterior. A mudança em seu estado espiritual processou-se gradualmente, e quase imperceptivelmente. Ao começar a buscar o louvor e amizade do mundo, sua fé diminuiu, seu zelo enlanguesceu, sua fervorosa devoção cedeu lugar à formalidade morta. Cada passo rumo do mundo, foi um passo para mais longe de Deus. À medida que o orgulho e ambição mundana foram acariciados, afastou-se o espírito de Cristo e insinuaram-se a emulação, dissensão e luta, para desviar e enfraquecer a igreja. TS2 82 1 Escreve Paulo aos seus irmãos coríntios: "Ainda sois carnais. Pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?" 1 Coríntios 3:3. É impossível que espíritos perturbados pela inveja e luta, compreendam as profundas verdades espirituais da Palavra de Deus. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." 1 Coríntios 2:14. Não podemos compreender nem apreciar devidamente a revelação divina sem o auxílio daquele Espírito pelo qual foi dada a Palavra. TS2 82 2 Os que são designados para guardar os interesses espirituais da igreja devem ser cuidadosos em dar o exemplo devido, não dando ocasião a invejas, ciúmes ou suspeitas, manifestando sempre aquele mesmo espírito de amor, respeito e cortesia que desejam acoroçoar em seus irmãos. Atenção diligente deve ser dada às instruções da Palavra de Deus. Seja contida toda manifestação de animosidade ou falta de bondade, seja removida toda raiz de amargura. Quando surgem dificuldades entre irmãos, deve ser seguida à risca a regra do Salvador. Todo esforço possível deve ser feito para conseguir a reconciliação, mas se as partes persistirem obstinadamente em continuar em divergência, devem ser suspensas até que possam harmonizar-se. Tempo de exame do coração TS2 82 3 Ao ocorrerem dificuldades na igreja, examine cada membro o seu coração para ver se a causa da dificuldade não está nele. Pelo orgulho espiritual, o desejo de mandar, um ambicioso anelo de honras ou posição, falta de domínio próprio, condescendência com a paixão ou preconceito, pela instabilidade ou falta de discernimento, a igreja pode ser perturbada e sacrificada sua paz. TS2 83 1 As dificuldades são muitas vezes causadas pelos passadores de diz-que-diz-ques, cujas insinuações e sugestões cochichadas envenenam espíritos confiados, e separam os amigos mais íntimos. Os promotores de desordens são apoiados em sua má obra pelos muitos que estão de ouvidos abertos e coração mau, dizendo: "Diga, e nós o espalharemos." Este pecado não deve ser tolerado entre os seguidores de Cristo. Nenhum pai cristão deve permitir que boatos sem fundamento sejam repetidos no círculo da família, ou feitas observações que desonrem os membros da igreja. TS2 83 2 Devem os cristãos considerar como dever religioso reprimir um espírito de inveja ou emulação. Devem alegrar-se com a boa reputação ou prosperidade de seus irmãos, mesmo quando seu próprio caráter ou consecuções pareçam lançados na sombra. Foi o orgulho e ambição nutridos no coração de Satanás que o baniram do Céu. Esses males acham-se arraigados profundamente em nossa natureza caída, e se não forem removidos, lançarão sua sombra sobre todas as qualidades boas e nobres, produzindo invejas e discórdias como seus frutos malignos. TS2 83 3 Devemos buscar a verdadeira bondade, em vez da grandeza. Os que possuem a mente de Cristo terão de si mesmos opinião humilde. Trabalharão pela pureza e prosperidade da igreja, e estarão prontos a sacrificar seus próprios interesses e desejos, em vez de causar dissensão entre os irmãos. TS2 83 4 Satanás busca constantemente produzir desconfiança, separação e malícia entre o povo de Deus. Seremos muitas vezes tentados a julgar que nossos direitos tenham sido postergados, quando não existe causa real para semelhantes pensamentos. Aqueles cujo amor ao próprio eu é mais forte que seu amor a Cristo e Sua causa, colocarão em primeiro lugar os seus próprios interesses, recorrendo a quase todos os expedientes para os defender e manter. Quando se consideram ofendidos pelos irmãos, alguns recorrerão mesmo à justiça, em vez de seguirem a regra dada pelo Salvador. Processos entre irmãos TS2 84 1 Mesmo muitos que parecem cristãos conscienciosos, são pelo orgulho e estima própria impedidos de ir em particular àqueles que eles julgam estar em erro, para tratarem do caso no espírito de Cristo, e orarem uns pelos outros. Contendas, discórdias e processos entre irmãos são uma desgraça para a causa da verdade. Os que enveredam por esse procedimento expõem a igreja ao ridículo de seus inimigos, e fazem que triunfe a causa dos poderes das trevas. Dilaceram de novo as feridas de Cristo, expondo-O à ignomínia. Desprezando a autoridade da igreja, mostram desprezo a Deus, que conferiu a autoridade à igreja. TS2 84 2 Escreve Paulo aos gálatas: "Eu quereria que fossem cortados aqueles que vos andam inquietando. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pela caridade. Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais também uns aos outros. Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne." Gálatas 5:12-16. TS2 84 3 Falsos mestres haviam levado aos gálatas doutrinas que se opunham ao evangelho de Cristo. Paulo procurou expor e corrigir esses erros. Desejava ele grandemente que os falsos mestres fossem separados da igreja, mas sua influência afetara a tantos dos crentes que parecia arriscado agir contra eles. Havia perigo de causar discórdia e divisão que seriam ruinosos aos interesses espirituais da igreja. Procurou, pois, impressionar os irmãos com a importância de buscarem ajudar-se uns aos outros, em amor. TS2 84 4 Declarou ele que todas as reivindicações da lei que estabelecem nosso dever para com nossos semelhantes, cumprem-se no amor mútuo. Advertiu-os de que, se condescendessem com ódio e lutas, dividindo-se em partidos, e como os animais se mordessem e devorassem uns aos outros, trariam sobre si mesmos infelicidade no presente e ruína no futuro. Um só caminho havia para prevenir esses males terríveis, isto é, como o apóstolo lhes ordenou, "andai em Espírito". Tinham de, por meio de constante oração, buscar a guia do Espírito Santo, que os levaria ao amor e à unidade. Quando Satanás toma o controle TS2 85 1 Uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Quando os cristãos se desavêm, Satanás se insinua para tomar o controle. Quantas vezes teve ele êxito em destruir a paz e a harmonia nas igrejas! Que conflitos ferozes, que amargura, que ódio, se iniciaram por uma pequenina questão! Que esperanças se esfacelaram, quantas famílias foram divididas pela discórdia e contenda! TS2 85 2 Paulo conjura seus irmãos a guardarem-se não acontece que, procurando corrigir as faltas alheias, cometessem eles mesmos pecados igualmente grandes. Adverte-os de que o ódio, a emulação, a ira, lutas, sedições, heresias e invejas são tão verdadeiramente obras da carne, como o são a lascívia, o adultério, a bebedice e o homicídio, e, como aqueles, fecharão ao culpado a porta do Céu. TS2 85 3 Declara Cristo: "Qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar." Marcos 9:42. Todo aquele que, por deliberado engano ou por um mau exemplo desvia um discípulo de Cristo, é culpado de um grande pecado. Todo aquele que o queira fazer objeto de calúnia ou ridículo, está insultando a Jesus. Nosso Salvador observa todo mal praticado contra Seus seguidores. TS2 85 4 Como eram punidos os que, na antiguidade, desprezavam aquilo que Deus escolhera para Si mesmo, como sagrado? Belsazar e seus mil grandes profanaram os vasos de ouro de Jeová, e louvaram os ídolos de Babilônia. Mas o Deus a quem desafiaram, foi testemunha da cena profana. Em meio de sua alegria sacrílega, foi vista uma branca mão traçando caracteres misteriosos na parede do palácio. Cheios de terror, o rei e os cortesãos ouviram pronunciada sua condenação, pelos servos do Altíssimo. TS2 86 1 Lembrem-se os que se deleitam em lançar palavras de calúnia e falsidade contra os servos de Cristo, de que Deus é testemunha de seus atos. Suas arremetidas caluniosas não profanam vasos destituídos de alma, mas sim o caráter daqueles que Cristo adquiriu por Seu sangue. A mão que traçou as letras nas paredes do palácio de Belsazar, mantém fiel registro de todo ato de injustiça ou opressão cometido contra o povo de Deus. TS2 86 2 A história sagrada apresenta exemplos frisantes do zeloso cuidado do Senhor para com o mais fraco de Seus filhos. Durante as jornadas de Israel no deserto, os cansados e débeis que haviam caído atrás da congregação, foram atacados e mortos pelos covardes e cruéis amalequitas. Posteriormente Israel declarou guerra aos amalequitas e os derrotou. "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que Eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos Céus." Êxodo 17:14. De novo a ordem foi repetida por Moisés exatamente antes de sua morte, para que não fosse esquecida pela posteridade: "Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saíeis do Egito: Como te saiu ao encontro no caminho, e te derribou na retaguarda todos os fracos que iam após ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a Deus. ... Apagarás a memória de Amaleque de debaixo do Céu; não te esqueças." Deuteronômio 25:17-19. TS2 86 3 Se Deus assim puniu a crueldade de uma nação pagã, como terá Ele de considerar os que, professando serem Seu povo, farão guerra a seus próprios irmãos que são obreiros gastos e cansados em Sua obra? Satanás tem grande poder sobre os que cedem ao seu controle. Foram os principais dos sacerdotes e anciãos -- os mestres religiosos do povo -- os que incitaram a turba homicida da sala do julgamento para o Calvário. Há hoje entre os professos seguidores de Cristo, corações inspirados pelo mesmo espírito que clamou pela crucifixão de nosso Salvador. Lembrem-se os obreiros do mal de que, para todos os seus atos há uma testemunha -- um Deus santo, que odeia o pecado. Ele trará a juízo todas as suas obras, com todas as coisas secretas. TS2 87 1 "Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a Si mesmo." Como Cristo tem tido misericórdia de nós, ajudando-nos em nossas fraquezas e pecaminosidade, assim devemos nós ter misericórdia de outros e ajudá-los. Muitos estão perplexos por dúvidas, carregados de fraquezas, débeis na fé, e incapazes de aprender o que não vêem; mas um amigo a quem podem ver, vindo-lhes em nome de Cristo, poderá ser um elo de ligação que lhes firme em Deus a vacilante fé. Oh! é esta uma obra bendita! Não deixemos que o orgulho e egoísmo nos impeçam de fazer o bem que podemos fazer, se trabalharmos em nome de Cristo, e com espírito amoroso e terno. Reabilitar os que caíram TS2 87 2 "Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo." Gálatas 6:1, 2. Aqui, de novo, acha-se-nos exposto claramente nosso dever. Como podem os professos seguidores de Cristo considerar tão levianamente essas ordens inspiradas? TS2 87 3 Não há muito recebi uma carta descrevendo uma circunstância na qual um irmão manifestara indiscrição. Embora tenha ocorrido anos atrás, e fosse questão muito insignificante, que não merecia nenhuma preocupação, a missivista declarava que lhe destruíra para sempre a confiança naquele irmão. Se a vida daquela irmã, sendo passada em revista, não mostrasse maiores erros, seria na verdade uma maravilha, pois é muito fraca a natureza humana. Tenho estado e continuo estando em comunhão com irmãos e irmãs que têm sido culpados de graves pecados, e que mesmo agora não vêem esses pecados como Deus os vê. Mas o Senhor suporta essas pessoas, e por que não as suportaria eu? Ele fará ainda Seu Espírito por tal forma lhes impressionar o coração, que o pecado lhes parecerá, como pareceu a Paulo, grandemente maligno. TS2 88 1 Pouco sabemos de nosso próprio coração, e pouca intuição temos de nossa própria necessidade da misericórdia de Deus. Por isso é que tão pouco acariciamos aquela suave compaixão que Jesus manifesta para conosco, e que devemos também manifestar uns para com os outros. Devemos lembrar-nos de que nossos irmãos são fracos e falíveis mortais, tais como nós mesmos. Suponhamos que um irmão, por falta de vigilância, tenha sido arrastado pela tentação; e que, contrariamente à sua conduta geral, tenha cometido algum erro; que procedimento devemos ter para com ele? Aprendemos, da história bíblica, que homens que Deus empregara para realizar uma grande e boa obra, cometeram pecados graves. O Senhor não os passou por alto, sem repreensão, tampouco rejeitou Ele Seus servos. Quando se arrependeram, Ele graciosamente lhes perdoou, revelando-lhes a Sua presença e por eles operando. TS2 88 2 Considerem os pobres e fracos mortais quão grande é sua necessidade de misericórdia e longanimidade de Deus e de seus irmãos. Guardem-se eles de julgar e condenar os outros. Devemos tomar a peito as instruções do apóstolo: "Vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado." Gálatas 6:1. Podemos cair sob tentação e precisar de toda a paciência que somos chamados a exercer para com o ofensor. "Com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:2. TS2 88 3 O apóstolo acrescenta uma advertência aos independentes e confiantes em si mesmos: "Se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. ... Cada qual levará a sua própria carga." Gálatas 6:3-5. Aquele que se considera superior a seus irmãos em juízo e experiência, e lhes despreza o conselho e advertência, demonstra que se acha num perigoso engano. O coração é enganoso. Deve ele provar seu caráter e vida pela norma bíblica. A Palavra de Deus derrama sobre a vereda da vida humana uma luz que não pode errar. Não obstante as muitas influências que se levantam para distrair e desviar a mente, aqueles que buscam sinceramente a Deus pedindo sabedoria, serão guiados no reto curso. Todo homem terá, afinal, de ficar em pé ou cair por si mesmo, não de acordo com a opinião do partido que o sustém ou a ele se opõe, não de acordo com o juízo de qualquer homem, mas de acordo com o seu real caráter à vista de Deus. A igreja pode advertir, aconselhar e admoestar, mas não pode obrigar ninguém a tomar o bom caminho. Todo que persistir em menosprezar a Palavra de Deus, terá de levar sua própria carga -- responder a Deus por si mesmo, e sofrer as conseqüências de seu procedimento. TS2 89 1 Deu-nos o Senhor em Sua Palavra, instruções definidas e inequívocas, e na obediência a elas podemos preservar a união e harmonia na igreja. Irmãos e irmãs, estais dando ouvidos a essas ordens inspiradas? Sois leitores da Bíblia, e obradores da Palavra? Estais porfiando por cumprir a oração de Cristo, de que Seus seguidores sejam um? "O Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo." Romanos 15:5, 6. "Quanto ao mais, irmãos,... sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco." 2 Coríntios 13:11. TS2 89 2 Edifício de Deus. "Vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. Esta figura representa o caráter humano, no qual devemos trabalhar, ponto a ponto. Cada dia Deus trabalha em Seu edifício, martelada sobre martelada, para aperfeiçoar a estrutura, a fim de que se torne um templo santo para Ele. O homem deve cooperar com Deus. Todo obreiro deve tornar-se justamente aquilo que Deus designa ele seja, construindo sua vida mediante atos puros e nobres, para que no fim o seu caráter seja uma estrutura simétrica, um belo templo, honrado por Deus e pelo homem. Não deve haver defeitos no edifício, pois é do Senhor. Cada pedra deve estar colocada com perfeição, para que suporte a pressão que sobre ela é colocada. Uma só pedra mal colocada, afetará o edifício inteiro. A vós e a todos os outros obreiros Deus dá a advertência: "Cuida de como constróis, para que teu edifício resista à prova da tormenta e tempestade, por estar fundado sobre a Rocha eterna. Coloca a pedra sobre o firme alicerce, para que te possas preparar para o dia da prova, quando todos serão vistos exatamente tais quais são." TS2 90 1 Esta advertência Deus apresenta-me a mim, como especialmente necessária para vosso bem-estar. Ele vos ama com amor imensurável. Ama vossos irmãos na fé, e com eles opera rumo do mesmo fim de que aquele para o qual coopera convosco. Sua igreja na Terra deve assumir proporções divinas perante o mundo, como templo construído de pedras vivas, cada um refletindo luz. Deve ser a luz do mundo, qual cidade colocada sobre uma colina, a qual não pode ser escondida. É construída de pedras colocadas lado a lado, bem juntas, uma pedra se adaptando à outra, perfazendo um edifício firme e sólido. Nem todas as pedras são da mesma forma ou tamanho. Algumas são grandes, outras pequenas, mas cada qual tem seu lugar a preencher. E o valor de cada pedra é determinado pela luz que ela reflete. É este o plano de Deus. Ele deseja que todos os Seus obreiros preencham o lugar que lhes é designado na obra para este tempo. TS2 90 2 Vivemos em meio aos perigos dos últimos dias. Devemos cultivar sabiamente toda faculdade mental e física; pois todas são necessárias para tornar a igreja um edifício que represente a sabedoria do grande Arquiteto. Os talentos que Deus nos dá são dádivas Suas, e devem ser usados em sua devida relação mútua, de modo a formarem um todo perfeito. Deus dá os talentos, as faculdades do espírito; o homem forma o caráter. -- Testimonies for the Church 8:173, 174 (1904). ------------------------Capítulo 13 -- Cristo, nossa justiça TS2 91 1 "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. TS2 91 2 Deus requer que confessemos nossos pecados, e humilhemos diante dEle o coração; ao mesmo tempo, porém, devemos confiar nEle como um terno Pai, que não abandonará aqueles que nEle põem a confiança. Muitos de nós andamos pela vista, e não pela fé. Cremos nas coisas que se vêem, mas não apreciamos as preciosas promessas a nós dadas na Palavra de Deus; todavia não podemos desonrar mais decididamente a Deus do que mostrando desconfiança no que Ele diz, e pondo em dúvida se o Senhor nos está falando deveras, ou se nos está enganando. TS2 91 3 Deus não nos abandona por causa de nossos pecados. Podemos cometer erros, e entristecer o Seu Espírito; mas quando nos arrependemos, e vamos ter com Ele contritos de coração, Ele não nos mandará embora. Há entraves a serem removidos. Têm sido nutridos sentimentos errados, e tem havido orgulho, presunção, impaciência e murmurações. Tudo isto nos separa de Deus. Cumpre confessar pecados, haver mais profunda obra de graça no coração. Os que se sentem fracos e desalentados, podem tornar-se fortes homens de Deus, e realizar nobre trabalho para o Mestre. Devem, porém, trabalhar tendo um elevado ponto de vista; não devem ser influenciados por motivos egoístas. Os méritos de Cristo nossa única esperança TS2 91 4 Precisamos aprender na escola de Cristo. Coisa alguma senão a Sua justiça nos pode dar direito a uma só das bênçãos do concerto da graça. Temos há muito desejado e tentado buscar essas bênçãos, mas não as recebemos, porque temos nutrido idéia de que podíamos fazer alguma coisa para nos tornarmos dignos delas. Não temos tirado os olhos de nós mesmos, crendo que Jesus é um Salvador vivo. Importa não pensarmos que nossa própria graça e merecimentos nos hajam de salvar; a graça de Cristo é nossa única esperança de salvação. Por meio de Seu profeta, promete o Senhor: "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isaías 55:7. Devemos crer na simples promessa, e não aceitar sentimentos por fé. Quando confiarmos plenamente em Deus, quando confiarmos nos méritos de Jesus como um Salvador que perdoa o pecado, receberemos todo o auxílio que possamos desejar. TS2 92 1 Olhamos a nós mesmos, como se tivéssemos o poder de salvar-nos; mas Jesus morreu por nós por sermos impotentes para nos salvar. NEle está nossa esperança, nossa justificação, nossa justiça. Não nos devemos desanimar, e temer que não temos Salvador, ou que Ele não tenha pensamentos de misericórdia para conosco. Neste exato momento Ele está levando avante Sua obra em nosso favor, convidando-nos a ir ter com Ele em nosso desamparo, e ser salvos. Desonramo-Lo por nossa incredulidade. É surpreendente como tratamos mesmo o nosso melhor Amigo, quão pouca confiança depositamos nEle, capaz de salvar perfeitamente, e que nos tem dado toda prova de Seu grande amor. TS2 92 2 Meus irmãos, estais esperando que vossos méritos vos recomendem ao favor de Deus, pensando que deveis estar livres de pecado antes de confiar em Seu poder para salvar? Se isto é a luta que tem lugar em vosso espírito, temo que não obtenhais nenhuma força, e fiqueis afinal desanimados. TS2 92 3 No deserto, quando o Senhor permitiu que serpentes venenosas picassem os rebeldes israelitas, Moisés foi instruído a erguer uma serpente de metal, e convidar todos os feridos a que olhassem para ela e vivessem. Muitos, porém, não viram auxílio neste remédio indicado pelo Céu. Os mortos e moribundos se achavam por toda parte ao seu redor, e sabiam que, sem auxílio divino, sua sorte seria certa; mas lamentavam suas feridas, suas dores, sua infalível morte, até que se lhes iam as forças, e seus olhos se vidravam, quando poderiam ter recebido cura instantânea. TS2 93 1 "Como Moisés levantou a serpente no deserto", assim foi "o Filho do homem... levantado; para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Se estais conscientes de vossos pecados, não consagreis todas as vossas forças a lamentá-los, mas olhai, e vivei. Jesus é nosso único Salvador; e embora milhões que necessitam ser curados Lhe rejeitem a oferecida misericórdia, pessoa alguma que confie em Seus méritos será deixada a perecer. Ao passo que compreendemos o desamparo de nossa condição sem Cristo, não precisamos desanimar; cumpre-nos descansar em um Salvador crucificado e ressurgido. Pobre alma enferma de pecado e abatida, olha e vive! Jesus empenhou Sua palavra; salvará a todo aquele que for ter com Ele. TS2 93 2 Ide a Jesus, e recebei descanso e paz. Podeis receber a bênção mesmo agora. Satanás sugere que sois impotentes, e não podeis beneficiar-vos a vós mesmos. É verdade; sois impotentes. Mas exaltai a Jesus diante dele: "Eu tenho um Salvador ressuscitado. NEle confio, e Ele jamais consentirá que eu seja confundido. Em Seu nome eu triunfo. Ele é minha justiça, e minha coroa de regozijo." Que ninguém aqui sinta que seu caso é desesperado; pois não é. Podeis ver que sois pecadores e perdidos; mas é justamente por isto que necessitais de um Salvador. Se tendes pecados a confessar, não percais tempo. Estes momentos são ouro. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." 1 João 1:9. Os que têm fome e sede de justiça, serão saciados; pois Jesus o prometeu. Precioso Salvador! Seus braços estão abertos para receber-nos, e Seu grande coração de amor espera abençoar-nos. TS2 93 3 Alguns parecem sentir que precisam estar em experiência, e provar ao Senhor que se acham reformados, antes de poderem reclamar-Lhe as bênçãos. Mas essas queridas almas podem reclamar Suas bênçãos mesmo agora. Precisam possuir-Lhe a graça, o Espírito de Cristo, para ajudar suas fraquezas, do contrário não lhes é possível formarem um caráter cristão. Jesus gosta de que nos acheguemos a Ele tais como somos -- pecaminosos, desamparados, dependentes. TS2 94 1 O arrependimento, bem como o perdão, são dons de Deus por meio de Cristo. É pela influência do Espírito Santo que somos convencidos do pecado, e sentimos nossa necessidade de perdão. Ninguém senão os contritos são perdoados; é, porém, a graça de Deus que faz o coração penitente. Ele está relacionado com todas as nossas fraquezas e enfermidades, e ajudar-nos-á. TS2 94 2 Alguns que se achegam a Deus pelo arrependimento e a confissão, e mesmo crêem que os pecados lhes são perdoados, deixam ainda de reclamar, como deviam, as promessas de Deus. Não vêem que Jesus é um Salvador sempre presente; e não estão prontos a confiar a guarda de sua alma a Ele, nEle descansando quanto ao aperfeiçoamento da obra de graça começada em seu coração. Ao passo que julgam estar-se confiando a Deus, há quantidade de confiança em si próprios. Há almas conscienciosas que confiam parte a Deus e parte a si mesmas. Não olham a Deus, para serem guardados por Seu poder, mas confiam na vigilância contra a tentação, e no cumprimento de certos deveres quanto à aceitação por parte dEle. Não há vitórias nessa espécie de fé. Tais pessoas labutam inutilmente; sua alma está em contínua servidão, e não encontrarão sossego enquanto seus fardos não forem depostos aos pés de Jesus. TS2 94 3 É mister haver contínua vigilância, e fervorosa, amorável dedicação; estas, porém, virão naturalmente quando a alma estiver guardada pelo poder de Deus, mediante a fé. Não podemos fazer nada, absolutamente nada, para nos recomendar ao favor divino. Cumpre-nos não confiar de modo algum em nós nem em nossas boas obras; mas, quando, como criaturas errantes, pecaminosas, vamos ter com Cristo, podemos encontrar descanso em Seu amor. Deus aceita toda pessoa que a Ele vai confiando inteiramente nos méritos de um Salvador crucificado. O amor brota no coração. Talvez não haja êxtase de sentimentos, mas há uma permanente e tranqüila confiança. Todo fardo é leve; pois o jugo imposto por Cristo é cômodo. O dever torna-se um deleite, e o sacrifício um prazer. A senda que dantes se afigurava envolta em trevas, torna-se iluminada pelos raios do Sol da Justiça. Isto é andar na luz assim como Cristo na luz está. ------------------------Capítulo 14 -- Crescimento cristão TS2 96 1 Foi-me mostrado que os que têm conhecimento da verdade, e no entanto permitem que suas faculdades se absorvam em interesses mundanos, são infiéis. Não estão, por meio de boas obras, fazendo brilhar a outros a luz da verdade. Quase toda sua habilidade, dedicam-na a se tornarem argutos e hábeis homens do mundo. Esquecem-se de que seus talentos lhes foram dados por Deus a fim de serem usados para promover Sua causa. Se fossem fiéis ao seu dever, o resultado seria grande ganho de almas para o seu Senhor; muitos, porém, se perdem por causa de sua negligência. TS2 96 2 Deus conclama os que conhecem Sua vontade, a serem obradores de Sua Palavra. Fraquezas, indiferença e indecisão convidam os assaltos de Satanás; e os que permitem que esses traços de caráter aumentem, serão irremediavelmente tragados pelos vagalhões da tentação. De todo que professe o nome de Cristo se requer que cresça até à estatura completa de Cristo, a cabeça viva do cristão. TS2 96 3 Todos nós precisamos de um guia, que nos dirija através das muitas perplexidades da vida, assim como o marinheiro precisa de um piloto que guie a nau entre os bancos de areia ou nos rios cheios de recifes; e onde se encontrará semelhante guia? Apontamos-vos, prezados irmãos, a Bíblia. Inspirada por Deus, escrita por santos homens, ela assinala com grande clareza e precisão quais os deveres, tanto dos velhos como dos jovens. Eleva a mente, enternece o coração e comunica ao espírito alegria e santo gozo. A Bíblia apresenta uma perfeita norma de caráter; é guia infalível sob todas as circunstâncias, até ao fim da jornada da vida. Tomai-a como vosso conselheiro, como a regra de vossa vida diária. TS2 96 4 Todo meio de graça deve ser diligentemente aproveitado, para que o amor de Deus possa abundar mais e mais na alma, "para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; cheios de frutos de justiça." Filipenses 1:10, 11. Vossa vida cristã tem de assumir formas vigorosas e rijas. Podereis alcançar a alta norma que vos é apresentada nas Escrituras, e tereis de fazê-lo, se quiserdes ser filhos de Deus. Não podeis ficar parados; tereis de, ou avançar ou retroceder. Deveis ter conhecimento espiritual, para que possais "perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo", "para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus". Efésios 3:18, 19. TS2 97 1 Muitos que possuem um conhecimento inteligente da verdade, e são capazes de defendê-la mediante argumentos, nada fazem em prol do erguimento do reino de Cristo. Encontramo-los de quando em quando; mas não dão um testemunho vivo da experiência pessoal na vida cristã; não relatam novas vitórias alcançadas na santa milícia. Em vez disso, nota-se a mesma velha rotina, as mesmas expressões na oração e na exortação. Suas orações não têm aspectos novos; não exprimem maior inteligência nas coisas de Deus, nem fé mais fervorosa e viva. Essas pessoas não são plantas vivas no jardim do Senhor, a produzir novos rebentos e nova folhagem, e a grata fragrância de uma vida santa. Não são cristãos em crescimento. Têm pontos de vista e planos limitados, e não há para eles expansão do espírito, nem valiosos acréscimos aos tesouros do crescimento cristão. Suas faculdades não foram exercitadas nessa direção. Não aprenderam a olhar aos homens e às coisas como Deus as vê, e em muitos casos a simpatia não santificada tem prejudicado almas e estorvado grandemente a causa de Deus. É terrível a estagnação espiritual que prevalece. Muitos levam uma vida cristã formal e alegam que seus pecados foram perdoados, quando são destituídos de todo o real conhecimento de Cristo, tal como o pecador. Não há limite ao desenvolvimento TS2 98 1 Irmãos, quereis ter um crescimento cristão restrito, ou fareis sadio progresso na vida religiosa? Onde há saúde espiritual aí há crescimento. O filho de Deus cresce à plena estatura de homem ou mulher em Cristo. Não há limite para seu desenvolvimento. Quando o amor de Deus é um princípio vivo na alma, não há pontos de vista estreitos e confinados; há amor e fidelidade em advertências e reprovações; há trabalho fervoroso e disposição de assumir encargos e responsabilidades. TS2 98 2 Alguns não estão dispostos a fazer trabalho que exija abnegação. Mostram verdadeira impaciência quando instados a assumirem alguma responsabilidade. "Que necessidade existe", dizem, "de maior conhecimento e experiência?" Isto diz tudo. Julgam achar-se ricos e enriquecidos, e de nada terem falta, quando o Céu os pronuncia como pobres, miseráveis, cegos e nus. A esses diz a Testemunha Verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." Apocalipse 3:17, 18. Vossa própria complacência demonstra que estais em necessidade de tudo. Sois doentes espiritualmente e careceis de Jesus como vosso médico. TS2 98 3 Nas Escrituras, milhares de gemas da verdade se encontram ocultas do pesquisador superficial. Jamais se exaure a mina da verdade. Quanto mais investigardes as Escrituras, com o coração humilde, tanto maior será vosso interesse, e tanto mais sentireis a impressão de deverdes exclamar, com Paulo: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos!" Romanos 11:33. TS2 98 4 Dia a dia deveis aprender alguma coisa nova das Escrituras. Pesquisai-as como se buscásseis tesouros escondidos, pois contêm as palavras da vida eterna. Orai pedindo sabedoria e entendimento a fim de compreenderdes esses santos escritos. Se isso fizésseis, encontraríeis novas belezas na Palavra de Deus; sentiríeis que recebestes nova e preciosa luz sobre assuntos relacionados com a verdade, e as Escrituras receberiam, constantemente nova valorização em vosso apreço. TS2 99 1 "O grande dia do Senhor está perto, e se apressa muito." Sofonias 1:14. Diz Jesus: "Eis que presto venho." Devemos conservar sempre presentes essas palavras, e agir como crendo na verdade de que a vinda do Senhor está perto, e que somos peregrinos e forasteiros na Terra. As energias vitais da igreja de Deus têm de ser postas em ativo exercício, no grande objetivo de renovação própria; cada membro deve ser um ativo agente de Deus. "Porque por Ele ambos temos acesso em um mesmo Espírito. Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo do Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito." Efésios 2:18-22. Esta é uma obra particular, que tem de ser levada avante em toda a harmonia, em unidade de espírito, e nos laços da paz. Nenhum lugar se deve dar a críticas, dúvidas e incredulidade. ... Cortar afeições terrenas TS2 99 2 Irmãos, vosso dever, felicidade e utilidade futura, assim como salvação final, convidam-vos a cortardes os laços de vossas afeições, de tudo que é terreno e corruptível. Existe uma simpatia não santificada, que participa da natureza de um sentimentalismo apaixonado e é terrena, sensual. Serão precisos esforços não débeis, para alguns de vós isso vencerem e mudarem o rumo de sua vida, pois não se puseram em ligação com a Força de Israel, e se tornaram débeis em todas as suas faculdades. Agora sois chamados em altas vozes a serdes diligentes no emprego de todo meio de graça, a fim de poderdes ser transformados no caráter e crescer à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus. TS2 100 1 Temos grandes vitórias a ganhar, e um Céu a perder, se não as alcançarmos. Tem de ser crucificado o coração carnal; pois sua tendência é para a corrupção moral, cujo fim é a morte. Coisa alguma senão as vivificantes influências do evangelho pode ajudar a alma. Orai para que as poderosas energias do Espírito Santo, com todo o seu poder vivificador, restaurador e transformador possam atuar como uma corrente elétrica sobre a alma atacada de paralisia, fazendo com que cada nervo estremeça com nova vida, restaurando o homem todo, de seu estado terreno, morto e sensual, para o de perfeita saúde espiritual. Tornar-vos-eis assim participantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência; e em vossa alma se refletirá a imagem dAquele por cujas feridas fostes curados. TS2 100 2 Diz Cristo: "Vós sereis Meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando." João 15:14. Esta é a condição requerida; esta é a prova que mostra o caráter dos homens. Os sentimentos muitas vezes enganam, as emoções não são salvaguarda segura; pois são variáveis e sujeitas a circunstâncias externas. Muitos são enganados porque confiam em impressões sensacionais. A prova é: Que estais fazendo por Cristo? Que sacrifícios fazeis? Que vitórias estais alcançando? Um espírito egoísta vencido, resistida uma tentação de negligenciar o dever, uma paixão subjugada, e a voluntária e prazerosa obediência prestada à vontade de Cristo, são muito maiores provas de que sois um filho de Deus, do que a piedade esporádica e a religião emocional. -- Testimonies for the Church 4:188 (1876). ------------------------Capítulo 15 -- Tempos que provam a alma dos homens TS2 101 1 Estão justamente ante nós, tempos que hão de provar a alma dos homens, e os que são fracos na fé, não resistirão à prova daqueles dias de perigo. As grandes verdades da revelação devem ser estudadas cuidadosamente, pois todos teremos necessidade de um conhecimento inteligente da Palavra de Deus. Mediante o estudo da Bíblia e a diária comunhão com Jesus alcançaremos pontos de vista claros, bem definidos, da responsabilidade individual e a força necessária para subsistir no dia da prova e da tentação. Aquele cuja vida está unida a Cristo por elos ocultos, será guardado pelo poder de Deus, mediante a fé para salvação. TS2 101 2 Mais pensamento deve ser dado às coisas divinas, e menos a assuntos temporais. O crente professo, amante do mundo, se exercer a mente nessa direção, pode tornar-se tão familiarizado com a Palavra de Deus como o é hoje com os negócios do mundo. "Examinais as Escrituras", disse Cristo, "porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas de que Mim testificam." João 5:39. Requer-se do cristão que seja diligente em examinar as Escrituras lendo e relendo sempre as verdades da Palavra de Deus. A ignorância voluntária neste assunto põe em perigo a vida e o caráter cristãos. Cega o entendimento e corrompe as faculdades mais nobres. É isto que traz confusão à nossa vida. Nosso povo precisa compreender a Palavra de Deus; carecem de um conhecimento sistemático dos princípios da verdade revelada, que os habilitará para o que há de vir sobre a Terra e os impedirá de serem levados em roda por todo vento de doutrina. TS2 101 3 Grandes mudanças logo se efetuarão no mundo, e todos precisarão de um conhecimento experimental das coisas de Deus. É obra de Satanás desanimar o povo de Deus e abalar-lhes a fé. Procura ele de todos os modos insinuar dúvidas e interrogações com respeito à atitude, à fé, aos planos, dos homens sobre os quais Deus colocou o encargo de uma obra especial e que estão zelosamente efetuando essa obra. Embora seja derrotado muitas e muitas vezes, renova ele os ataques, operando por intermédio dos que professam ser humildes e tementes a Deus, e que aparentemente se interessam na verdade presente ou nela crêem. Os advogados da verdade esperam oposição feroz e cruel de seus inimigos abertos, mas isso é muito menos perigoso do que as secretas dúvidas expressas pelos que se sentem na liberdade de questionar e criticar aquilo que os servos de Deus estão fazendo. Podem eles parecer homens humildes; mas enganam-se a si mesmos, e enganam aos outros também. Têm no coração inveja e ruins suspeitas. Abalam a fé do povo naqueles em que deviam ter confiança, os que Deus escolheu para fazerem a Sua obra; e quando são reprovados por seu procedimento, consideram-no afronta pessoal. Enquanto professam estar fazendo a obra de Deus, na realidade ajudam ao inimigo. TS2 102 1 Coisa alguma é mais necessária na obra do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Devemos mostrar por nossa vida diária que temos paz e descanso em Deus. Sua paz no coração refletir-se-á no semblante. Dará à voz um poder persuasivo. A comunhão com Deus comunicará elevação moral ao caráter e a todo o procedimento. Os homens observarão, como no caso dos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Isto comunicará aos trabalhos do ministro um poder mesmo maior do que o que provém da influência de sua pregação. Deste poder não deve ele permitir que seja privado. A comunhão com Deus mediante a oração e o estudo de Sua Palavra não deve ser negligenciada, pois aí é que está a fonte de seu poder. Nenhuma atividade em prol da igreja deve ter precedência a isso. -- Testimonies for the Church 6:47 (1900). ------------------------Capítulo 16 -- Guardai-vos de ensinos errôneos TS2 103 1 Quando Satanás se tornou desafeto no Céu, não apresentou ele sua queixa perante Deus e Cristo; foi, porém, por entre os anjos que o julgavam perfeito, afirmando que Deus lhe fizera injustiça, preferindo Cristo a ele. O resultado dessa falsidade foi, por motivo de lhe terem aderido, um terço dos anjos perderem sua inocência, sua alta posição e seu lar feliz. Satanás instiga os homens a continuarem na Terra a mesma obra de inveja e ruins suspeitas que ele começou no Céu. ... TS2 103 2 Deus não esqueceu o Seu povo, escolhendo um homem isolado aqui e outro ali, como os únicos dignos de que lhes confie a verdade. Não dá a um homem luz contrária à estabelecida fé do corpo de crentes. Em toda reforma, surgiram homens pretendendo isso. Paulo advertiu a igreja de seu tempo: "Dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." Atos dos Apóstolos 20:30. O maior mal ao povo de Deus vem por intermédio dos que saem de seu meio, falando coisas perversas. Por eles é blasfemado o caminho da verdade. TS2 103 3 Ninguém confie em si mesmo, como se Deus lhe houvesse conferido luz especial acima de seus irmãos. Cristo é representado como habitando em Seu povo, e os crentes, como "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito". Efésios 2:20-22. "Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor", diz Paulo, "que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos." Efésios 4:1-6. TS2 104 1 Aquilo a que o irmão D chama luz, é aparentemente inofensivo; não parece que alguém pudesse por aquilo ser prejudicado. Mas, irmãos, é o estratagema de Satanás, é a cunha que usa para penetrar. Isto foi tentado repetidamente. Alguém aceita umas idéias novas e originais, que não parecem discordar da verdade. Fala disso e sobre isso se demora, até que lhe parece revestido de beleza e importância, pois Satanás tem poder para lhe dar essa falsa aparência. Por fim torna-se o seu tema todo-absorvente, o único e grande ponto em volta do qual tudo gira; e a verdade é desarraigada do coração. TS2 104 2 Assim que se iniciam idéias erradas no espírito do irmão D, começa ele a perder a fé e a questionar a obra do Espírito, que há tantos anos se vem manifestando entre nós. Não é ele homem capaz de manter isso que ele crê ser luz especial, sem a comunicar a outros; portanto, não é seguro dar-lhe influência que o habilite a abalar outras mentes. Seria abrir uma porta pela qual Satanás introduziria apressadamente muitos erros, para desviar a mente da importância da verdade para este tempo. Irmãos, como embaixadores de Cristo, advirto-vos que vos guardeis contra esses movimentos desviados, cuja tendência é distrair a mente da verdade. O erro jamais é inofensivo. Nunca ele santifica, mas sempre traz confusão e dissensão. É sempre perigoso. O inimigo tem grande poder sobre os espíritos que não se achem plenamente fortalecidos pela oração, e firmados na verdade bíblica. TS2 104 3 Existem mil tentações disfarçadas, preparadas para os que têm a luz da verdade; e a única segurança para qualquer de nós está em não recebermos nenhuma nova doutrina, nenhuma interpretação nova das Escrituras, antes de submetê-la à consideração dos irmãos de experiência. Apresentai-a a eles, com espírito humilde e pronto para aprender, fazendo fervorosa oração; e, se eles não virem luz nisto, atendei ao seu juízo, porque "na multidão de conselheiros há segurança". Provérbios 11:14. ... A sutil obra de Satanás TS2 105 1 Satanás trabalha constantemente, mas poucos fazem idéia de sua atividade e subtileza. O povo de Deus deve estar preparado para resistir ao perverso inimigo. É esta resistência que apavora a Satanás. Ele conhece, melhor do que nós, o limite de seu poder, e como facilmente pode ser vencido, se lhe resistirmos e o enfrentarmos. Mediante poder divino, o mais fraco dentre os santos é mais forte do que ele e do que todos os seus anjos e, se submetido a uma prova, poderá demonstrar sua força superior. Portanto, o passo de Satanás é silencioso, seus movimentos são traiçoeiros e suas baterias camufladas. Ele não se atreve a apresentar-se abertamente, para não despertar as energias latentes do cristão, a fim de que este não recorra a Deus mediante a oração. TS2 105 2 O inimigo está-se preparando para sua última campanha contra a igreja. Por tal forma se ocultou de vista, que muitos quase que não acreditam em sua existência, muito menos se podem convencer de sua espantosa atividade e poder. Esqueceram-se, em grande medida, de seu registro passado; e quando ele faz outro movimento de avanço, não o reconhecem como inimigo seu, aquela velha serpente, mas consideram-no um amigo, que está fazendo uma boa obra. Alardeando sua independência hão de, sob sua especiosa e enfeitiçante influência, obedecer aos piores impulsos do coração humano, e todavia crer que Deus os está guiando. Pudessem seus olhos ser abertos para distinguir o seu comandante, e veriam que não estão servindo a Deus, mas ao inimigo de toda a justiça. Veriam que sua alardeada independência é um dos mais pesados grilhões com que Satanás pode prender espíritos desequilibrados. TS2 105 3 O homem é cativo de Satanás, naturalmente inclinado a seguir suas sugestões e cumprir suas ordens. Em si mesmo, não tem poder para opor resistência eficaz ao mal. É só à medida que Cristo nele habita, pela viva fé, influenciando-lhe os desejos e fortalecendo-o com poder do alto, que pode o homem atrever-se a fazer face a tão terrível inimigo. Qualquer outro meio de defesa é inteiramente inútil. É unicamente por meio de Cristo que o poder de Satanás é limitado. É esta uma verdade momentosa, que todos deveriam compreender. Satanás está ocupado a todo momento, indo para cá e para lá, andando acima e abaixo pela Terra, buscando a quem possa tragar. Mas a fervorosa oração da fé lhe frustrará os maiores esforços. Tomai, pois, irmãos, "o escudo da fé, com o qual podeis apagar todos os dardos inflamados do maligno". Efésios 6:16. TS2 106 1 Os piores inimigos que temos são os que procuram destruir a influência dos vigias sobre os muros de Sião. Satanás opera por intermédio de agentes. Envida aqui um fervoroso esforço. Opera segundo um plano pré-estabelecido, e seus agentes agem em comum acordo com ele. Uma linha de incredulidade alastra-se através do continente e está em comunicação com a igreja de Deus. Tem exercido sua influência no sentido de solapar a confiança na obra do Espírito de Deus. Esse elemento aqui se encontra, operando em surdina. Cuidai não aconteça serdes encontrados ajudando o inimigo de Deus e do homem, espalhando falsos relatos, criticando e fazendo decidida oposição. TS2 106 2 Mediante recursos enganadores e instrumentos invisíveis, Satanás opera para fortalecer sua autoridade e colocar obstáculos no caminho do povo de Deus, para que almas não sejam libertas de seu poder, e arregimentadas sob o estandarte de Cristo. Por seus enganos, procura ele atrair almas para longe de Cristo, e os que não se acham firmados na verdade, certamente serão levados em suas ciladas. E aqueles que ele não pode seduzir ao pecado ele perseguirá, como os judeus fizeram com Cristo. TS2 106 3 É objetivo de Satanás desonrar a Deus, e opera com todo elemento não santificado, para conseguir seu desígnio. Os homens que ele torna instrumentos seus para fazer essa obra são cegados, não vendo o que estão fazendo senão depois de se acharem tão profundamente envolvidos em culpa, que julgam inútil procurar restaurar-se, e assim arriscam tudo, e continuam até ao amargo fim seu procedimento de transgressão. TS2 107 1 Satanás espera envolver os remanescentes filhos de Deus na ruína geral que está para vir sobre a Terra. À medida que se aproxima a vinda de Cristo, mais determinado e decidido em seus esforços fica ele, a fim de os derrotar. Surgirão homens e mulheres proclamando possuir alguma nova luz ou alguma nova revelação, e cuja tendência é abalar a fé nos marcos antigos. Suas doutrinas não resistem à prova da Palavra de Deus. Mesmo assim, almas serão enganadas. Farão circular relatos falsos e alguns serão apanhados pela armadilha. Acreditarão nesses boatos e por sua vez os repetirão, e assim se formará uma cadeia que os liga com o arquienganador. Tal espírito nem sempre se manifestará em aberto desafio às mensagens enviadas por Deus, mas expressa-se de muitas maneiras uma deliberada incredulidade. Cada falsa declaração feita, alimenta e fortalece essa incredulidade, e por esse meio muitas almas serão levadas à decisão do lado errado. TS2 107 2 Não podemos ser demasiado vigilantes contra toda forma de erro, pois Satanás está constantemente buscando afastar da verdade os homens. ------------------------Capítulo 17 -- "Louvai ao Senhor" TS2 108 1 "Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor." Tem acaso algum de nós considerado devidamente quanto temos por que ser agradecidos? Lembramos nós que as misericórdias do Senhor são novas cada manhã, e que Sua fidelidade é para sempre? Reconhecemos nossa dependência dEle, e exprimimos gratidão por todos os Seus favores? Ao contrário, demasiadas vezes esquecemos que "toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes". TS2 108 2 Quantas vezes os que estão com saúde esquecem as maravilhosas mercês que lhes são continuadamente concedidas dia a dia, ano após ano! Não rendem a Deus tributo de louvor por todos os Seus benefícios. Quando sobrevém a doença, porém, lembram-se de Deus. O forte desejo de restabelecer-se induz a fervorosa oração; e isto é direito. Deus é nosso refúgio tanto na enfermidade como na saúde. Muitos, no entanto, não Lhe entregam seu caso; eles promovem a fraqueza e a doença preocupando-se consigo mesmos. Caso deixassem de afligir-se, e se erguessem acima da depressão e das sombras, mais certa seria sua cura. Devem lembrar-se com gratidão por quanto tempo gozaram a bênção da saúde; e, fosse essa preciosa graça a eles restituída, não deveriam esquecer que se acham sob nova obrigação para com seu Criador. Quando os dez leprosos foram curados, unicamente um volveu em busca de Jesus e deu-Lhe glória. Não sejamos nós como os inconsiderados nove, cujo coração não foi tocado pela misericórdia de Deus. TS2 108 3 Deus é amor. Tem cuidado pelas criaturas que formou. "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem." Salmos 103:13. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. Que precioso privilégio este, de sermos filhos e filhas do Altíssimo, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo! Não nos lamentemos, pois, nem nos entristeçamos porque nesta vida não estamos isentos de decepções e aflição. TS2 109 1 Se, na providência de Deus, somos chamados a suportar provações, aceitemos a cruz, e bebamos o amargo cálice, lembrando-nos de que é a mão de um Pai que no-lo chega aos lábios. Confiemos nEle nas trevas da mesma maneira que na luz. Não podemos crer que Ele nos dará tudo que for para o nosso bem? "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. Mesmo na noite da aflição, como nos poderemos recusar a erguer o coração e a voz em grato louvor, quando nos lembramos do amor a nós expresso na cruz do Calvário? TS2 109 2 Que tema de meditação, o sacrifício feito por Jesus pelos pecadores perdidos! "Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5. Como estimaremos as bênçãos assim postas ao nosso alcance? Poderia Jesus haver sofrido mais? Poderia haver comprado para nós mais ricas bênçãos? Não deveria enternecer o coração mais duro, o lembrar-nos de que, por amor de nós, Ele deixou a glória e a felicidade do Céu, e sofreu pobreza e vergonha, cruel aflição e morte terrível? Não nos houvesse Ele aberto, por Sua morte e ressurreição, a porta da esperança, e não conheceríamos senão os horrores das trevas e as misérias do desespero. Em nosso estado atual, favorecidos e abençoados como somos, não podemos calcular de que profundidade fomos salvos. Não nos é possível medir quão mais profundas seriam nossas aflições, quão maiores nossas misérias, não nos houvesse Jesus rodeado com Seu braço humano de simpatia e amor, e nos alevantado. TS2 109 3 Podemos regozijar-nos na esperança. Nosso Advogado está no santuário celestial, intercedendo em nosso favor. Temos perdão e paz por Seus méritos. Ele morreu a fim de que pudesse lavar nossos pecados, revestir-nos de Sua justiça, e habilitar-nos para o convívio celeste, onde podemos habitar para sempre na luz. TS2 110 1 Prezado irmão, prezada irmã, quando Satanás vos quiser encher a mente de desânimo, sombras e dúvidas, resisti-lhe às sugestões. Falai-lhe do sangue de Jesus, que purifica de todo pecado. Não vos podeis salvar do poder do tentador; porém ele treme e foge quando os méritos daquele precioso sangue são alegados. Não aceitareis então com reconhecimento as bênçãos concedidas por Jesus? Não tomareis o cálice da salvação que Ele apresenta, e invocareis o nome do Senhor? Não mostreis desconfiança nAquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Nem por um momento magoeis o coração do compassivo Salvador por vossa incredulidade. Ele observa com o mais intenso interesse vosso progresso na senda celeste; vê vossos diligentes esforços; nota vossas quedas e erguimentos, vossas esperanças e vossos temores, os conflitos e as vitórias. TS2 110 2 Hão de todos os nossos exercícios devocionais consistir em pedir e receber? Pensaremos nós sempre em nossas necessidades, e nunca nos benefícios recebidos? Seremos nós recipientes de Suas misericórdias, e nunca exprimiremos nossa gratidão a Deus, nunca O louvaremos pelo que Ele tem feito por nós? Não oramos demasiado, mas somos por demais tardios em dar graças. Caso a amorável bondade de Deus suscitasse mais ações de graças e louvores, teríamos incomparavelmente mais poder na oração. Teríamos mais e mais abundância do amor de Deus, e mais e mais motivos por que O louvar. Vós, que vos queixais de que Deus vos não atende às orações, mudai a presente ordem de coisas, e misturai louvores às vossas petições. Quando considerardes Sua bondade e mercês, verificareis que Ele considerará as vossas necessidades. Oração e louvor TS2 110 3 Orai, orai fervorosa e incessantemente, mas não vos esqueçais de louvar. É próprio de todo filho de Deus reivindicar-Lhe o caráter. Podeis engrandecer ao Senhor; podeis mostrar o poder da graça mantenedora. Multidões há que não apreciam o grande amor de Deus, nem a compaixão divina de Jesus. Milhares até olham com desdém a incomparável graça manifestada no plano da redenção. Nem todos os que são participantes desta grande salvação, se acham limpos neste ponto. Não cultivam corações agradecidos. O tema da redenção, no entanto, é um para que os anjos desejam bem atentar; será a ciência e o cântico dos remidos por todos os incessantes séculos da eternidade. Não é ele digno de atenta consideração e estudo agora? Não devemos louvar a Deus de coração e alma e voz, por Suas "maravilhas para com os filhos dos homens"? Salmos 107:8. TS2 111 1 Louvai ao Senhor na congregação de Seu povo. Quando a palavra do Senhor foi falada antigamente aos hebreus, a ordem foi: "E todo o povo dirá: Amém." Quando foi levada a arca do concerto para a cidade de Davi, e se cantou um salmo de alegria e triunfo, todo o povo disse: "Amém! e louvou ao Senhor." 1 Crônicas 16:36. Esta fervorosa resposta, era testemunho de que eles compreendiam a palavra que fora falada, e se uniam ao culto de Deus. TS2 111 2 Há demasiada formalidade em nossos serviços religiosos. O Senhor quer que Seus ministros, que Lhe pregam a palavra, sejam possuídos da energia de Seu Santo Espírito; e o povo que ouve não ficará sentado em sonolenta indiferença, ou olhando vagamente de um lado para outro, sem corresponder ao que é dito. A impressão assim causada nos incrédulos é tudo, menos favorável à religião de Cristo. Esses pesados, descuidosos professos cristãos, não são destituídos de ambição e zelo quando empenhados em ocupações mundanas; mas as coisas de importância eterna não os movem profundamente. A voz de Deus por meio de Seus mensageiros, pode ser uma aprazível canção; Suas sagradas advertências, porém, Suas reprovações e animações, são todas desatendidas. O espírito do mundo os tem paralisado. As verdades da Palavra de Deus são dirigidas a ouvidos pesados, e a corações duros, impassíveis. Deve haver igrejas bem despertas, ativas, para animar e suster os ministros de Cristo, e para ajudá-los na obra de salvar almas. Onde a igreja anda na luz, haverá sempre satisfeita e sincera correspondência e palavras de alegre louvor. TS2 112 1 Nosso Deus, o Criador dos Céus e da Terra, declara: "Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará." Todo o Céu se une em louvar a Deus. Aprendamos agora o cântico dos anjos, a fim de o podermos cantar quando nos unirmos a suas gloriosas fileiras. Digamos com o salmista: "Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei louvores ao meu Deus enquanto viver." "Louvem-Te a Ti, ó Deus, os povos; louvem-Te os povos todos." Salmos 146:2; 67:3. ------------------------Capítulo 18 -- O amor entre os irmãos TS2 113 1 A vida é disciplinante. Enquanto no mundo, encontrará o cristão influências adversas. Haverá provocações para provar o temperamento; e é fazendo face a estas provas no devido espírito que se desenvolvem as graças cristãs. Se suportamos as injúrias e insultos em espírito de mansidão, se respondemos a palavras insultuosas com respostas brandas, e a atos opressivos com bondade, isto é prova de que o Espírito de Cristo nos habita o coração, de que a seiva da Videira Viva está fluindo para os ramos. Estamos na escola de Cristo nesta vida, onde devemos aprender a ser mansos e humildes de coração; e no dia do ajuste de contas final, veremos que todos os obstáculos que encontramos, todas as vicissitudes e contrariedades que somos chamados a suportar, são lições práticas na aplicação de princípios da vida cristã. Quando bem sofridos, desenvolvem semelhança com Cristo no caráter, e distinguem o cristão do mundano. TS2 113 2 Há uma elevada norma a que devemos atingir, caso queiramos ser filhos de Deus, nobres, puros, santos e incontaminados; e é necessário um processo de poda, se queremos alcançar esta norma. Como seria efetuada essa poda, se não houvesse dificuldades a enfrentar, obstáculos a transpor, coisa alguma a exigir paciência e capacidade de resistir? Essas provações não são as menores bênçãos em nossa experiência. Visam enrijar-nos para a determinação de vencer. Cumpre-nos usá-las como os divinos meios de obter decididas vitórias sobre o próprio eu, em vez de permitir que elas nos entravem, oprimam e destruam. O crescimento cristão TS2 113 3 O caráter será provado. Cristo revelar-Se-á em nós, uma vez que sejamos realmente ramos da Videira Viva. Seremos pacientes, bondosos e tolerantes, contentes em meio de atritos e irritações. Dia a dia e ano após ano havemos de vencer o próprio eu e crescer na direção de um nobre heroísmo. Esta é a tarefa que nos é designada; não pode, porém, ser cumprida, sem contínuo auxílio de Jesus, resoluta decisão, inflexível propósito, constante vigilância e incessante oração. Cada um tem uma batalha individual a travar. Cada um precisa abrir o próprio caminho através de lutas e desânimos. O que desiste da luta, perde a força e a alegria da vitória. TS2 114 1 Ninguém, nem mesmo Deus, nos pode levar para o Céu a menos que façamos o necessário esforço de nossa parte. Importa introduzirmos traços de beleza em nossa vida. Importa excluir os desagradáveis característicos naturais que nos tornam diferentes de Jesus. Ao passo que Deus opera em nós o querer e o efetuar Sua boa vontade, cumpre-nos cooperar com Ele. A religião de Cristo transforma o coração. Torna a mente mundana do homem uma mente celeste. Sob sua influência, o egoísta se torna abnegado, porque este é o caráter de Cristo. O homem desonesto, astucioso, torna-se reto, de modo que fica sendo uma segunda natureza nele fazer aos outros o que queria que lhe fizessem a ele. O dissoluto é transformado da impureza para a pureza. Forma hábitos corretos; pois o evangelho de Cristo tornou-se para ele cheiro de vida para vida. TS2 114 2 Agora, enquanto dura o tempo de graça, não compete a um proferir sentença sobre outros, e considerar-se como modelo. Nosso modelo é Cristo; imitai-O, ponde os pés em Suas pegadas. Podeis professar crer todo ponto da verdade presente, mas a menos que pratiqueis essas verdades, isso de nada vos aproveitará. Lidar com os errantes TS2 114 3 Não nos cumpre condenar a outros; isto não é nossa tarefa; devemos, porém, amar-nos uns aos outros, e uns pelos outros orarmos. Quando vemos uma pessoa se desviar da verdade, podemos então chorar sobre ela como Cristo chorou sobre Jerusalém. Vejamos o que diz nosso Pai celeste em Sua Palavra, a respeito do errante: "Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado." Gálatas 6:1. "Se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados." Tiago 5:19, 20. Que grande trabalho missionário, esse! quão mais cristão é isso do que pobres e falíveis mortais estarem sempre acusando e condenando os que não se ajustam exatamente a seu modo de pensar! Lembremo-nos de que Jesus nos conhece individualmente, e é tocado pelo sentimento de nossas fraquezas. Conhece as necessidades de cada uma de Suas criaturas, e lê a dor oculta, recalcada de cada coração. Se um dos pequeninos por quem Ele morreu é ofendido, Ele o vê, e chama a contas o ofensor. TS2 115 1 Jesus é o Bom Pastor. Cuida de Suas ovelhas fracas, enfermas e desgarradas. Conhece-as todas pelo nome. Toca-Lhe o coração cheio de compassivo amor a aflição de toda ovelha e todo cordeiro de Seu rebanho, e chega-Lhe ao ouvido o brado de socorro. Um dos maiores pecados dos pastores de Israel, é assim apontado pelo profeta: "A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as Minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da Terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque." Ezequiel 34:4-6. TS2 115 2 Jesus cuida de cada um como se não houvesse outra criatura na face da Terra. Como Divindade, exerce forte poder em nosso favor, ao passo que, como nosso Irmão mais velho, sente todas as nossas tristezas. A Majestade do Céu não Se manteve distante da humanidade degradada e pecaminosa. Não temos um sumo sacerdote que Se ache tão alto, tão exaltado que nos não possa notar ou compadecer-Se de nós, mas um que, em tudo, foi tentado como nós somos, ainda que sem pecado. Deixai os resultados com Deus TS2 116 1 Quão diferente desse espírito é o sentimento de indiferença e desprezo que tem sido manifestado por alguns em _____ para com J. e os que têm sido afetados por sua influência! Se a transformadora graça de Deus já foi algum dia necessária, ela o é agora nesta igreja. Julgando e condenando um irmão, empreenderam uma obra que Deus não pôs absolutamente em suas mãos. Entremeou-se em sua experiência cristã uma dureza de coração, um espírito crítico, condenatório, tendente a destruir a individualidade e a independência, e desapareceu-lhes do coração o amor de Jesus. Apressai-vos, irmãos, a tirar tais coisas de vossa alma antes que seja dito no Céu: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem é sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda." Apocalipse 22:11. TS2 116 2 Tereis muitas perplexidades a enfrentar em vossa vida cristã em relação com a igreja; porém, não vos esforceis demasiadamente por moldar vossos irmãos. Se vedes que não satisfazem as reivindicações da Palavra de Deus, não condeneis; se provocam, não retribuais na mesma moeda. Quando dizem coisas de molde a exasperar, guardai quietamente vossa alma de irritação. Vedes nos outros muitas coisas que parecem erradas, e quereis corrigir esses erros. Começais, em vossas próprias forças, a trabalhar no sentido da reforma; não o empreendeis, todavia, pela devida maneira. Deveis trabalhar pelos errantes com o coração subjugado, enternecido pelo Espírito de Deus, e deixai que o Senhor opere por meio de vós, o instrumento. TS2 116 3 Passai vossos fardos a Jesus. Achais que o Senhor precisa tomar a Si o caso quando Satanás está se esforçando por dominar alguma alma; mas deveis fazer o que estiver ao vosso alcance com humildade e mansidão, e pôr a emaranhada obra, as questões complicadas, nas mãos de Deus. Segui as direções dadas em Sua Palavra, e deixai o resultado com Sua sabedoria. Havendo feito tudo quanto podeis para salvar um irmão, deixai de afligir-vos e prossegui calmamente com os outros deveres urgentes. Aquilo não vos pertence mais, porém a Deus. TS2 117 1 Não corteis, movido de impaciência, o nó da dificuldade, tornando o caso desesperado. Permiti que Deus desembarace por vós os enredados fios. Ele é bastante sábio para lidar com as complicações de nossa vida. Ele tem tato e habilidade. Nem sempre Lhe podemos compreender os planos; precisamos esperar pacientemente o seu desdobramento, e não estragá-los ou destruí-los. A seu tempo, Ele no-los revelará. Buscai unidade; cultivai amor e conformidade com Cristo em tudo. Ele é a fonte da unidade e da força; não tendes, porém, buscado a unidade cristã, para entretecer em amor os corações. TS2 117 2 Há trabalho para fazerdes na igreja e fora da igreja. "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto." João 15:8. O fruto que damos é a única prova da natureza da árvore, perante o mundo. Isto é a demonstração de nosso discipulado. Se nossas obras são de tal caráter que, como ramos da Videira Viva, damos fartos cachos de precioso fruto, então apresentamos diante do mundo o próprio distintivo de Deus como Seus filhos e filhas. Somos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. TS2 117 3 Ora, temo que deixeis de realizar a obra que vos cumpre fazer para redimir o passado e tornar-vos ramos vivos, que dêem muito fruto. Se procedeis como Deus quer que façais, Sua bênção virá à igreja. Ainda não fostes bastante humildes para efetuar uma obra cabal e satisfazer a mente do Espírito de Deus. Tem havido justificação própria, agradar-se a si mesmo, vingar-se, quando devia ter havido humilhação, contrição e arrependimento. TS2 117 4 Deveis remover toda pedra de tropeço, e fazer "veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente". Hebreus 12:13. Não é demasiado tarde para endireitar os erros; mas não deveis sentir que sois sãos e não necessitais de médico, porquanto precisais de auxílio. Quando fordes ter com Cristo com o coração quebrantado, Ele vos abençoará, e saireis para a obra do Mestre, com coragem e energia. O melhor testemunho de que estais em Cristo, é o fruto que produzis. Se não estiverdes verdadeiramente unidos a Ele, a luz e os privilégios que tendes vos condenarão. TS2 118 1 É pior, muito pior, exprimir os sentimentos em uma grande reunião, desferindo dardos a torto e a direito, do que dirigir-se aos indivíduos que possam haver errado, e reprová-los pessoalmente. A ofensa dessa fala severa, ultrajante, denunciadora, em uma grande assembléia, é de um caráter tanto mais grave aos olhos de Deus, do que fazer uma censura pessoal, individual, quanto o número é maior e mais geral a reprovação. É sempre mais fácil dar expressão aos sentimentos diante da congregação, por haver muitas pessoas presentes, do que ir aos errantes e face a face com eles, declarar-lhes franca, aberta e positivamente sua direção errada. Introduzir na casa de Deus sentimentos violentos contra indivíduos, e fazer com que sofram os inocentes da mesma maneira que os culpados, é um modo de trabalhar que Deus não sanciona, e que prejudica em vez de beneficiar. -- Testimonies for the Church 3:507, 508 (1875). TS2 118 2 Talvez julgueis que outros procederam mal; e eu sei tão bem como vós que não se tem manifestado na igreja um espírito semelhante ao de Cristo. Mas acaso vos aproveitará isto no juízo? Será que dois erros darão um bem? Embora um, dois ou três na igreja tenham errado, isto não apagará ou desculpará o vosso pecado. Seja qual for a orientação que outros sigam, o que vos cumpre, é pôr em ordem o próprio coração. Deus tem direitos sobre vós, os quais circunstância alguma vos deve levar a esquecer ou negligenciar; pois toda alma é preciosa aos Seus olhos. -- Testimonies for the Church 5:349 (1885). ------------------------Capítulo 19 -- Casamento com infiéis TS2 119 1 Prezada irmã L.: Eu soube de teu planejado casamento com pessoa que não se te acha unida na fé religiosa, e receio que não tenhas pesado cuidadosamente esta importante questão. Antes de dar um passo que há de exercer influência sobre toda a tua vida futura, insto contigo para que dês ao caso cuidadoso estudo e oração. Demonstrar-se-á este novo parentesco uma fonte de verdadeira felicidade? Ser-te-á um auxílio na vida cristã? Será agradável a Deus? Será teu exemplo de molde que possa com segurança ser seguido por outros? TS2 119 2 Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Estas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que entra em matrimônio. TS2 119 3 É preciso a religião no lar. Só ela pode prevenir os ofensivos erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina, pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então alma e alma se amalgamarão, e as duas vidas se fundirão em harmonia. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, e suas santas vigílias santificarão a câmara matrimonial. Será banida a vil sensualidade. Os pensamentos serão dirigidos para Deus, no alto; a Ele ascenderá a devoção do coração. TS2 120 1 O coração anela o amor humano, mas esse amor não é bastante forte, ou bastante puro, ou precioso bastante, para suprir o lugar do amor de Jesus. Unicamente em seu Salvador pode a esposa encontrar sabedoria, força e graça para enfrentar os cuidados, responsabilidades e tristezas da vida. Deve constituí-Lo sua força e guia. Que a mulher se entregue a Cristo antes de se entregar a qualquer amigo terreno, e não assuma nenhumas relações que entrem em atrito com isto. Os que encontram a verdadeira felicidade, precisam da bênção dos Céus sobre tudo que possuem e fazem. É a desobediência a Deus que enche de miséria a tantos corações e lares. Minha irmã, a menos que desejes ter um lar de onde nunca se levantam as sombras, não te unas com um homem que é inimigo de Deus. TS2 120 2 Como uma pessoa que espera enfrentar essas palavras no juízo, eu te suplico que ponderes o passo que pretendes dar. Pergunta-te a ti mesma: "Não desviará um marido descrente os meus pensamentos de Jesus? Ele é amante dos prazeres mais do que amante de Deus; não me levará a apreciar as coisas de que gosta?" A vereda para a vida eterna é íngreme e escabrosa. Não tomes sobre ti fardos além dos necessários, que retardem teu progresso. Tens muito pouca força espiritual, e careces de auxílio, em vez de estorvo. As ordens de Deus TS2 120 3 O Senhor ordenou ao Israel antigo que não se permitissem casamentos com pessoas das nações idólatras ao seu redor: "Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos." É dada a razão para isso. A Infinita Sabedoria, prevendo o resultado de semelhantes uniões, declara: "Pois fariam desviar teus filhos de Mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do Senhor se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria." "Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há." "Saberás pois que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos; e dá o pago em sua cara a qualquer dos que O aborrecem, fazendo-o perecer; não será remisso para quem O aborrece, em sua cara lho pagará." Deuteronômio 7:3, 4, 6, 9, 10. TS2 121 1 No Novo Testamento existem proibições semelhantes acerca do casamento de cristãos com ímpios. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, declara: "A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor." 1 Coríntios 7:39. De novo, em sua segunda epístola, escreve: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo e Eu vos recebereis; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. TS2 121 2 Minha irmã, ousas desrespeitar estas direções claras e positivas? Como filha de Deus, súdita do reino de Cristo, aquisição de Seu sangue, como podes ligar-te a um que não reconhece Suas reivindicações, que não é controlado por Seu Espírito? As ordens que citei não são palavras de homens, mas de Deus. Mesmo que o companheiro de tua escolha fosse em todos os outros respeitos digno (o que, porém, ele não é), no entanto ele não aceitou a verdade para este tempo; é um descrente, e és pelo Céu proibida de unir-te a ele. Não podes, sem perigo para tua alma, desrespeitar esta ordem divina. TS2 121 3 Desejo advertir-te de teu perigo, antes que seja tarde demais. Dás ouvidos a palavras suaves, agradáveis, e és levada a acreditar que tudo irá bem; mas não lês os motivos que produzem essas palavras agradáveis. Não vês as profundezas da maldade oculta no coração. Não podes olhar atrás das cortinas, e discernir as ciladas que Satanás está pondo para tua alma. Ele quer levar-te a proceder de modo que possa alcançar acesso fácil em dirigir contra ti suas setas de tentação. Não lhe dês a menor vantagem. Enquanto Deus influi no espírito de Seus servos, Satanás opera pelos filhos da desobediência. Não há concórdia entre Cristo e Belial. Estes dois não podem harmonizar-se. Unires-te a um incrédulo é colocares-te no terreno de Satanás. Ofendes o Espírito de Deus e perdes Sua proteção. Podes sujeitar-te a tão terríveis desvantagens na peleja da batalha pela vida eterna? TS2 122 1 Poderás dizer: "Mas eu dei minha palavra, e deverei agora voltar atrás?" Respondo: Se fizeste uma promessa contrária às Escrituras, por todos os meios retrata-a sem demora, e em humildade diante de Deus arrepende-te da vaidade que te levou a dar a palavra tão precipitadamente. Muito melhor é retirares tal promessa, no temor de Deus, do que cumpri-la e desonrar por esse meio teu Criador. TS2 122 2 Lembra-te de que tens um Céu a ganhar, e um caminho aberto para a perdição, a evitar. Quando Deus diz uma coisa, quer dizer isso mesmo. Quando proibiu aos nossos primeiros pais comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, sua desobediência abriu a todo o mundo as comportas da desgraça. Se andarmos contrariamente a Deus, Ele andará contrariamente a nós. Nosso único procedimento seguro é prestar obediência a todas as Suas ordens, sejam quais forem as custas. Todas as Suas exigências se fundam em infinito amor e sabedoria. -- Testimonies for the Church 5:361-365. Como nos dias de Noé TS2 122 3 O espírito de intensa mundanidade que existe agora, a disposição de não reconhecer motivos mais altos que o da satisfação própria, constitui um dos sinais dos últimos dias. "Como aconteceu nos dias de Noé", disse Cristo, "assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos." Lucas 17:26, 27. O povo desta geração casa-se e dá-se em casamento com o mesmo desenfreado desrespeito às ordens de Deus que foi manifesto nos dias de Noé. TS2 123 1 Há no mundo cristão uma assombrosa, alarmante indiferença para com os ensinos da Palavra de Deus acerca do casamento de cristãos com descrentes. Muitos que professam amar e temer a Deus preferem seguir a inclinação de seu próprio espírito, em vez de tomarem conselho com a Sabedoria Infinita. Em uma questão que interessa vitalmente a felicidade e bem-estar de ambas as partes, para este mundo e o porvir, a razão, o juízo e o temor de Deus são postos de parte, permitindo-se que domine o cego impulso, a obstinada determinação. Homens e mulheres de outro modo sensatos e conscienciosos, fecham os ouvidos aos conselhos; são surdos aos apelos e rogos de amigos e parentes, e dos servos de Deus. A expressão de um aviso ou advertência é considerada impertinente intromissão, e o amigo que é fiel bastante para pronunciar uma admoestação, é tratado como inimigo. TS2 123 2 Tudo isto é como Satanás deseja. Ele tece seu encanto em volta da alma, e esta se torna enfeitiçada, apaixonada. A razão deixa cair as rédeas do domínio próprio sobre o pescoço da concupiscência, a paixão não santificada toma o domínio até que, demasiado tarde, a vítima desperta para uma vida de miséria e escravidão. Não é este um quadro traçado pela imaginação, mas apresentação de fatos. Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente. Por anos tenho estado a receber cartas de diferentes pessoas que contraíram casamento infeliz, e as revoltantes histórias que me apresentaram são bastantes para confranger o coração. Não é coisa fácil decidir que conselho possa ser dado a esses infelizes, ou como sua dura sorte possa ser aliviada; mas sua triste experiência deveria servir de advertência aos outros. TS2 124 1 Nesse século do mundo, quando as cenas da história terrestre em breve hão de terminar e estamos prestes a entrar no tempo da angústia tal como nunca houve, quanto menor o número de casamentos realizados tanto melhor para todos, homens e mulheres. Acima de tudo, quando Satanás opera com todos os enganos da injustiça naqueles que perecem, acautelem-se os cristãos para não se unirem com descrentes. Deus falou. Todos os que O temem submeter-se-ão a Suas sábias ordens. Nossos sentimentos, impulsos e afeições têm de dirigir-se rumo ao Céu, não da Terra, não na baixa e vil sarjeta do pensamento e condescendência sensuais. É tempo agora de pôr-se toda alma como à vista do Deus que esquadrinha os corações. TS2 124 2 Minha prezada irmã, como discípula de Jesus, deves indagar qual será a influência do passo que estás para dar, não só sobre ti mesma, mas também sobre outros. Devem os seguidores de Cristo ser coobreiros de seu Senhor; devem ser "irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual", diz Paulo, "resplandeceis como astro no mundo". Filipenses 2:15. Devemos receber os brilhantes raios do Sol da Justiça, e por nossas boas obras, fazê-los refletir sobre outros em raios claros e constantes, jamais vacilantes, nunca se obscurecendo. Não podemos ter certeza de não estarmos prejudicando os que nos cercam, a menos que estejamos exercendo positiva influência no sentido de dirigi-los rumo ao Céu. TS2 124 3 "Vós sois as Minhas testemunhas", disse Jesus, e em cada ato de nossa vida devemos indagar: Como afetará nosso procedimento os interesses do reino do Redentor? Se és de fato discípula de Cristo, preferirás andar em Suas pegadas, por penoso que isso seja a teus sentimentos naturais. Disse Paulo: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gálatas 6:14. Tu, irmã L., precisas assentar-te aos pés de Jesus e aprender dEle, como Maria outrora. Deus requer de ti uma inteira entrega de tua vontade, teus planos e desígnios. Jesus é teu líder; para Ele deves olhar, nEle tens de confiar, e não deves permitir que coisa alguma te impeça a vida de consagração que deves a Deus. Tua conversa deve estar no Céu, de onde aguardas o Salvador. Tua piedade tem de ser de modo a se fazer sentir por todos que se acham na esfera de tua influência. Deus requer de ti que, em cada ato da vida, fujas da própria aparência do mal. Estás fazendo isto? Estás sob a mais sagrada obrigação de não apoucar ou comprometer tua santa fé, unindo-te aos inimigos do Senhor. Se és tentada a desprezar as ordens de Sua Palavra porque outros assim fizeram, lembra-te de que teu exemplo também exercerá influência. Outros procederão como tu, e assim o mal se estenderá. Enquanto professas ser filha de Deus, um desvio de tua parte, de Suas reivindicações, resultará num infinito dano aos que de ti buscam guia. TS2 125 1 A salvação de almas será o alvo constante dos que permanecem em Cristo. Que, porém, fizeste para anunciar as virtudes dAquele que te chamou das trevas? "Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá." Efésios 5:14. Sacode de ti essa paixão fatal que te anuvia os sentidos e paralisa as energias da alma. TS2 125 2 Os mais fortes incentivos à fidelidade são-nos apresentados, os mais elevados motivos, as recompensas mais gloriosas. Devem os cristãos ser representantes de Cristo, filhos e filhas de Deus. São Suas jóias, Seu tesouro particular. De todos os que mantiverem sua firmeza, declara Ele: "Comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso." Apocalipse 3:4. Os que alcançam os portais da eterna bem-aventurança, não considerarão demasiado grande nenhum sacrifício que tenham feito. TS2 125 3 Queira Deus ajudar-te a resistir à prova e conservar tua integridade. Apega-te, pela fé, a Jesus. Não decepciones teu Redentor. ------------------------Capítulo 20 -- O verdadeiro espírito missionário TS2 126 1 O verdadeiro espírito missionário é o espírito de Cristo. O Redentor do mundo foi o grande missionário modelo. Muitos de Seus seguidores têm trabalhado diligente e abnegadamente na causa da salvação humana; mas o trabalho de homem algum pode-se comparar com a abnegação, o sacrifício, a beneficência de nosso Exemplo. TS2 126 2 O amor que Cristo demonstrou por nós, é sem paralelo. Quão zelosamente trabalhou Ele! Quantas vezes esteve sozinho, em fervorosa oração, nas encostas das montanhas ou no retiro do horto, derramando Suas súplicas com forte clamor e lágrimas! Com que perseverança insistia Ele em Suas petições pelos pecadores! Mesmo na cruz, esqueceu os próprios sofrimentos, em Seu grande amor por aqueles a quem viera salvar. Quão frio o nosso amor, quão débil nosso interesse, quando comparados com o amor e o interesse manifestados por nosso Salvador! Jesus Se deu a Si mesmo para redimir nossa raça; todavia quão prontos somos a nos escusar de dar tudo quanto temos a Jesus! Nosso Salvador submeteu-Se a fatigante trabalho, à ignomínia e ao sofrimento. Foi repelido, zombado, escarnecido enquanto Se empenhava na grande obra que viera realizar na Terra. TS2 126 3 Acaso indagais, irmãos e irmãs: Que modelo imitarei eu? Não vos indico grandes homens, homens bons, mas o Redentor do mundo. Caso queiramos ter o verdadeiro espírito missionário, precisamos imbuir-nos do amor de Jesus; precisamos olhar para o Autor e Consumador de nossa fé, estudar-Lhe o caráter, cultivar-Lhe o espírito de mansidão e humildade, e andar em Suas pegadas. TS2 126 4 Muitos pensam que o espírito missionário, a habilitação para a obra missionária, é um dom ou dotação especial concedido aos ministros e a alguns poucos membros da igreja, e que todos os outros devem ser meros espectadores. Nunca houve erro maior. Todo verdadeiro cristão possuirá espírito missionário; pois ser cristão é ser semelhante a Cristo. Ninguém vive para si mesmo, e "se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dEle". Romanos 8:9. Todo aquele que tem experimentado as virtudes do mundo por vir, seja ele jovem ou velho, instruído ou iletrado, será movido pelo espírito que atuou em Cristo. O primeiro impulso do coração regenerado é levar outros também ao Salvador. Os que não possuem este desejo, dão provas de haver perdido o primeiro amor; devem examinar rigorosamente o coração à luz da Palavra de Deus, e procurar um novo batismo do Espírito de Cristo; devem orar por mais profunda compreensão daquele assombroso amor que Jesus manifestou por nós em deixar o reino da glória e vir a um mundo caído para salvar os perdidos. Cartas vivas TS2 127 1 Há trabalho para cada um de nós na vinha do Senhor. Não devemos buscar para nós a posição que nos permita fruir o máximo, ou ter o maior ganho. A verdadeira religião é isenta de egoísmo. O espírito missionário é um espírito de sacrifício. Devemos trabalhar onde quer que seja e em toda parte, ao máximo de nossa capacidade, pela causa do Mestre. TS2 127 2 Assim que uma pessoa está realmente convertida à verdade, brota-lhe no coração um desejo ardente de ir e falar a amigos ou vizinhos acerca da preciosa luz que irradia das páginas sagradas. Em seu desinteressado trabalho para salvar a outros, é uma carta viva, conhecida e lida por todos os homens. Sua vida mostra que ele se converteu a Cristo, e tornou-se colaborador Seu. TS2 127 3 Como uma classe, os adventistas do sétimo dia são um povo generoso e sincero. Podemos confiar, na proclamação da verdade para este tempo, em sua pronta e forte simpatia. Quando se apresenta um objetivo justo para sua liberalidade, apelando-lhe ao discernimento e consciência, isto suscita uma resposta cordial. Suas dádivas para sustentar a causa testificam que ele crê ser esta a causa da verdade. É certo que há exceções entre nós. Nem todos quantos professam aceitar a fé são crentes sinceros e leais. Mas o mesmo acontecia nos dias de Cristo. Mesmo entre os apóstolos, houve Judas; mas isto não prova que todos sejam do mesmo caráter. TS2 128 1 Não temos motivo de desânimo enquanto sabemos que há tantos consagrados à causa da verdade, e que estão dispostos a fazer nobres sacrifícios por seu progresso. Há, porém, ainda uma grande falta, uma grande necessidade entre nós. Bem pouco existe do verdadeiro espírito missionário. Todos os obreiros missionários devem possuir pelas almas de seus semelhantes aquele profundo interesse que unirá em simpatia e no amor de Jesus, coração a coração. Devem rogar fervorosamente o auxílio divino, e trabalhar sabiamente para ganhar almas para Cristo. Um esforço frio, sem alma, nada realizará. É necessário que o espírito de Cristo caia sobre os filhos dos profetas. Então, manifestarão pelas almas dos homens, aquele amor que vimos exemplificado na vida de Jesus. TS2 128 2 A razão de não haver mais profundo fervor religioso, nem mais ardente amor uns pelos outros na igreja, é que o espírito missionário vem-se extinguindo. Pouco se diz agora acerca da vinda de Cristo, a qual era dantes o tema dos pensamentos e da conversação. Existe inexplicável relutância, crescente desprazer pela conversa religiosa; e em lugar dela, condescende-se com ociosa e frívola tagarelice, e isto mesmo por parte de professos seguidores de Cristo. Ide trabalhar TS2 128 3 Meus irmãos e minhas irmãs, quereis romper o encanto que vos prende? Quereis despertar dessa indolência que se assemelha ao torpor da morte? Ide trabalhar, quer vos sintais dispostos a isto, quer não. Empenhai-vos em esforço pessoal para levar almas a Jesus e ao conhecimento da verdade. Em tal trabalho, encontrareis tanto um estímulo como um tônico; ele a um tempo despertará e fortalecerá. Mediante exercício, vossas faculdades espirituais se tornarão mais vigorosas, de modo que podereis, com mais êxito, operar vossa própria salvação. O torpor da morte apoderou-se de muitos professos cristãos. Fazei todo esforço para despertá-los. Adverti, rogai, arrazoai. Orai para que o enternecedor amor de Deus aqueça e abrande suas naturezas tomadas de gelidez. Se bem que se recusem a ouvir, não será debalde o vosso labor. No esforço de beneficiar a outros, beneficiar-se-á a vossa própria alma. TS2 129 1 Possuímos a teoria da verdade, e agora precisamos buscar mais diligentemente seu poder santificador. Não ouso ficar quieta neste tempo de perigo. É um tempo de tentação, de desânimo. Todo o mundo é assaltado pelos ardis de Satanás, e devemos avançar juntos para resistir-lhe ao poder. Devemos ser unânimes, falando uma mesma coisa, e glorificando a uma boca a Deus. Então podemos com êxito ampliar nossos planos, e mediante vigilantes esforços missionários, aproveitar-nos de todo talento que possamos usar nos vários departamentos da obra. À porta de todo homem TS2 129 2 A luz da verdade derrama seus brilhantes raios no mundo, mediante o esforço missionário. A imprensa é uma instrumentalidade pela qual são alcançados muitos que seria impossível atingir por meio de esforço ministerial. Pode-se fazer grande trabalho apresentando ao povo a Bíblia tal como ela reza. Levai a Palavra de Deus à porta de todo homem, insisti em suas positivas declarações diante da consciência de todo homem, repeti a todos o mandamento do Salvador: "Examinai as Escrituras." João 5:39. Admoestai-os a tomar a Bíblia assim como é, a implorar iluminação divina, e então, ao resplandecer a luz, a aceitar destemidamente cada raio precioso, suportando de boa vontade as conseqüências. TS2 129 3 A espezinhada lei de Deus tem de ser exaltada diante do povo; assim que eles se volvam sincera e reverentemente para as Santas Escrituras, a luz do Céu lhes revelará coisas extraordinárias da lei de Deus. Grandes verdades há muito veladas pelas superstições e falsas doutrinas, irradiarão das iluminadas páginas da Palavra Sagrada. As Sagradas Escrituras derramarão seus tesouros novos e velhos, levando luz e júbilo a todos quantos os receberem. Muitos são despertados de sua sonolência. Erguem-se como da morte, e recebem a luz da vida que unicamente Cristo pode dar. Verdades que se demonstraram insuperáveis para gigantescos intelectos, são compreendidas por criancinhas em Cristo. A estes é plenamente revelado o que tem nublado a percepção espiritual dos mais doutos expositores da Palavra, porque, como os saduceus de outrora, eles eram ignorantes das Escrituras e do poder de Deus. TS2 130 1 Os que estudam a Bíblia com um sincero desejo de conhecer a Deus e fazer Sua vontade, tornar-se-ão sábios para a salvação. A Escola Sabatina é um ramo importante da obra missionária, não somente por que ela dá a jovens e velhos conhecimento da Palavra de Deus, mas porque desperta neles amor por suas verdades sagradas, e um desejo de estudá-la por si mesmos; acima de tudo, ela lhes ensina a regularem a vida pelos santos ensinos que lhes ministra. Coobreiros de Cristo TS2 130 2 Todos quantos tomam a Palavra de Deus como regra de vida, são levados a íntima relação uns com os outros. A Bíblia é seu traço de união. Sua companhia, porém, não será buscada ou desejada pelos que se não curvam à Palavra Sagrada como o único guia infalível. Estarão em discordância, tanto na fé como na prática. Não pode haver harmonia entre eles; são irreconciliáveis. Como adventistas do sétimo dia, chamamos do costume e da tradição para o positivo "Assim diz o Senhor", e por esta razão não estamos, e não podemos estar em harmonia com as multidões que ensinam e seguem as doutrinas e mandamentos dos homens. TS2 130 3 Todos quantos são nascidos de Deus, tornam-se coobreiros de Cristo. Esses são o sal da Terra. "E se o sal for insípido, com que se há de salgar?" Se a religião que professamos deixar de renovar-nos o coração e santificar-nos a vida, como exercerá ela poder salvador sobre os incrédulos? "Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens." A religião que não exerce poder regenerador sobre o mundo, é sem valor. Nela não podemos confiar para nossa salvação. Quanto mais depressa a lançarmos fora, melhor; pois é espúria e destituída de poder. TS2 131 1 Cumpre-nos servir sob a direção de nosso grande Líder, avançar contra toda influência adversa, ser coobreiros de Deus. A obra que nos é designada é semear junto a todas as águas a semente do evangelho. Nesta obra, cada um precisa desempenhar uma parte. A multiforme graça de Cristo, a nós comunicada, constitui-nos mordomos de talentos que nos cumpre aumentar entregando-os aos banqueiros, para que, quando o Mestre os pedir, possa receber o Seu com os juros. TS2 131 2 Deus vos manda que com uma mão, a fé, vos apodereis de Seu forte braço, e com a outra mão, o amor, alcanceis as almas perdidas. Cristo é o caminho, a verdade e a vida: Segui-O. Não andeis segundo a carne, mas segundo o Espírito. Andai assim como Ele andou. Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação. A obra que tendes a realizar, é fazer a vontade dAquele que vos sustém a vida, para Sua glória. Se trabalhais para vós mesmos, de nada vos aproveitará. Trabalhar para o bem dos outros, ser menos cuidadosos do próprio interesse e mais zelosos em consagrar tudo a Deus, ser-Lhe-á aceitável, e será recompensado com a riqueza de Sua graça. -- Testimonies for the Church 2:170 (1868). ------------------------Capítulo 21 -- Negócio e religião TS2 132 1 As pessoas que estiverem empregadas em nossas diferentes instituições -- casas publicadoras, colégios, sanatórios -- devem manter viva comunhão com Deus. Especialmente é muito importante que os que estão à testa desses ramos da obra sejam homens que ponham acima de tudo o reino de Deus e a sua justiça. Não serão aptos para esses encargos de responsabilidade os que não tomarem conselho com Deus, dando frutos para Sua glória. Devem adotar uma conduta que honre ao seu Criador, enobreça-os e seja uma bênção aos semelhantes. Todos temos traços naturais que cumpre cultivar ou reprimir, segundo se provarem um auxílio ou obstáculo em conseguir o crescimento na graça e uma profunda experiência religiosa. TS2 132 2 Os que estão empenhados na obra de Deus não poderão servir em Sua causa de modo aceitável, a menos que façam o melhor uso dos privilégios religiosos de que gozam. Somos como árvores plantadas no jardim do Senhor; e Ele vem a nós buscar os frutos que tem direito de esperar. Seus olhos pousam sobre cada um de nós, lê nosso coração e conhece nossos caminhos. É esta uma perscrutação solene, porque diz respeito ao nosso dever e à nossa sorte, e é levada a efeito com grande interesse. TS2 132 3 Que cada qual que tem encargos sagrados se proponha esta pergunta: "Como enfrentarei o olhar perscrutador de Deus? Porventura meu coração está isento de toda a contaminação? ou se têm profanado os átrios do Seu templo, sendo invadidos por compradores e vendilhões a ponto de não ficar lugar para Cristo?" O afã dos negócios, se contínuo, faz esmorecer a espiritualidade e deixa a alma vazia de Cristo. Quando os homens, embora professando a verdade, levam dias sem se comunicar com Deus, são induzidos a atos estranhos e a tomar decisões que não estão de acordo com a vontade divina. Nossos irmãos não agirão com segurança, deixando-se levar por meros impulsos; isto não é estar unidos a Cristo, e proceder de acordo com a Sua vontade. Incapazes, em tais condições, de reconhecer as necessidades da causa, Satanás os induzirá a assumir atitudes que embaraçarão e estorvarão a obra. TS2 133 1 Meus irmãos, estais cultivando a devoção? Predomina em vós o amor das coisas santas? Viveis da fé e estais vencendo o mundo? Assistis aos cultos públicos, e é vossa voz ouvida nas reuniões de oração? Está erigido entre vós o altar de família? Reunis em torno dele os filhos de manhã e à tarde, apresentando o seu caso a Deus? Buscais instruí-los na maneira de se fazerem seguidores do Cordeiro? Vossa família, se não for religiosa, testemunhará vossa negligência e infidelidade. Será digno de lástima se vossos filhos forem indiferentes, desrespeitosos e não tomarem prazer nas reuniões religiosas e verdades santas, ao passo que estais empenhados na obra. Uma família assim exerce influência contrária a Cristo e Sua verdade, porque "quem não é comigo", disse Jesus, "é contra Mim". TS2 133 2 A negligência do dever de educar os filhos e cultivar a piedade na família é de todo desagradável a Deus. Se um de vossos filhos estivesse em risco iminente de afogar-se, que alvoroço isso determinaria! Quantos esforços se empenhariam, quanta prece se faria e que atividade se desenvolveria, a fim de salvar-lhe a vida! Mas aí estão vossos filhos, sem Cristo e sem a salvação. Talvez que pela sua rispidez e falta de educação sejam até um opróbrio para a causa adventista. Estão em risco de se perderem, vivendo sem esperança e sem Deus no mundo, e vós continuais descuidosos e indiferentes. TS2 133 3 Que exemplo dais a vossos filhos? Que espírito reina em vossa família? Vossos filhos devem ser ensinados a ser afáveis, atenciosos, dóceis, prestativos, mas sobretudo respeitadores das coisas santas e das reivindicações divinas. Devem ser instruídos a respeitar as horas de oração e a levantar-se cedo para tomar parte no culto da família. O lar onde Deus reina TS2 134 1 Pais e mães que põem a Deus em primeiro lugar na família, ensinam os filhos a considerarem o temor de Deus como o princípio da sabedoria, glorificam a Deus diante dos anjos e dos homens, oferecendo ao mundo o espetáculo de uma família bem dirigida e bem educada -- uma família que ama e obedece a Deus e contra Ele não se rebela. Cristo não será um estranho numa família assim; Seu nome ser-lhe-á familiar e O reverenciarão e glorificarão. Os anjos se deleitam numa família em que Deus reina soberano e os filhos são ensinados a honrar a religião, a Bíblia e o Criador. Essas famílias têm direito à promessa: "aos que Me honram, honrarei". 1 Samuel 2:30. Quando de uma casa assim o chefe sai a cumprir seus deveres quotidianos, será sempre com espírito manso e submisso, adquirido pela sua comunhão com Deus. Será um cristão, não só de nome, mas em seu trabalho e todas as suas transações comerciais fará toda a sua obra com honestidade, sabendo que os olhos de Deus O contemplam. TS2 134 2 Sua voz se fará ouvir na igreja. Terá palavras de agradecimento e animação a dizer, porque é um cristão que se faz notar pelo crescimento espiritual, alcançando novas experiências cada dia. É um obreiro serviçal e ativo na igreja, que trabalha para glória de Deus e salvação de seus semelhantes. Sua consciência o condenaria e sentir-se-ia culpado diante de Deus, se negligenciasse os cultos públicos, privando-se assim dos privilégios de habilitar-se para prestar maior e mais eficaz serviço à causa da verdade. TS2 134 3 Deus não é glorificado quando homens de influência se provam apenas homens de negócio, passando por alto seus interesses eternos, que são muito mais sagrados, muito mais nobres e elevados do que os temporais. Em que se deveria aplicar maior tato e habilidade, senão nas coisas que são imperecíveis e destinadas a durar perpetuamente? Irmãos, desenvolvei vossos talentos no serviço do Senhor; manifestai na promoção da causa de Cristo o mesmo tato e habilidade que empregais nos empreendimentos seculares. TS2 135 1 Há, sinto ter que dizê-lo, da parte dos chefes de família, grande falta de fervor e legítimo interesse nas coisas espirituais. Há alguns que raramente são vistos na casa de culto. Dão uma desculpa, depois outra e mais outra, justificando sua ausência; mas a causa verdadeira é que lhes falta o pendor religioso. Não cultivam na família o espírito de devoção. Os filhos não são criados na doutrina e admoestação do Senhor. Esses homens não são o que Deus desejaria que fossem. Não mantêm comunhão viva com Ele; são apenas homens de negócio. Não têm espírito de conciliação. Há tão pouca mansidão, bondade e polidez em sua conduta que seus motivos são geralmente mal-interpretados, fazendo-se mau conceito até mesmo do bem que há neles. Se pudessem reconhecer quanto sua conduta é um tropeço aos olhos de Deus, emendar-se-iam. Habilitações dos obreiros de Deus TS2 135 2 A obra de Deus deve ser levada avante por homens que alcancem quotidianamente novas e vivas experiências na vida espiritual. "Sem Mim", disse Jesus, "nada podeis fazer." Nenhum de nós está livre de ser tentado. Todos os que estão ligados com nossas instituições, associações e empreendimentos missionários podem estar certos de que têm contra si um poderoso inimigo, cuja aspiração constante é separá-los de Cristo, que é sua força. Quanto maior for a responsabilidade de sua posição, tanto mais veementes serão os ataques de Satanás; porque sabe que, se conseguir induzi-los a tomar por um caminho errado, outros lhes seguirão o exemplo. Mas os que estão continuamente aprendendo na escola de Cristo terão capacidade suficiente para prosseguir na mesma marcha em seu caminho, e o esforço de Satanás para transtornar esse ritmo há de finalmente fracassar. A tentação não é pecado. Jesus era santo e puro; contudo foi tentado em todas as coisas como nós, mas com uma força e veemência que não há de ser por nenhum de nós experimentada. Na Sua bem-sucedida resistência deixou-nos um belo exemplo a imitar. Se formos confiantes em nós mesmos ou justos aos nossos próprios olhos, Deus nos deixará cair sob a força da tentação; mas se olharmos para Jesus e nEle confiarmos, chamaremos em nosso auxílio um poder que venceu ao arquiinimigo em campo aberto e Ele para nossa tentação dará também o escape. Quando Satanás sobre nós vem como uma avalanche, devemos enfrentar suas tentações com a espada do Espírito, e Jesus, que é o nosso auxílio, levantará por nós um pendão contra ele. O pai da mentira se abala e treme quando a verdade de Deus lhe é lançada em rosto com todo o seu irresistível poder. TS2 136 1 Satanás envida esforços para afastar os homens de Deus, e é sempre bem-sucedido nesse propósito quando consegue absorver a sua atenção de modo que não tomem tempo para ler a Bíblia, orar particularmente e oferecer seus sacrifícios de ações de graça e louvor de manhã e à tarde sobre o altar de família. Quão poucos reconhecem os estratagemas do arquienganador! Quantos lhe ignoram as tramas! TS2 136 2 Quando nossos irmãos voluntariamente se afastam das reuniões religiosas, quando deixam de pensar em Deus e de O reverenciar, quando não O tomam por seu conselheiro e baluarte de sua defesa, quão depressa se insinuam em seu espírito os pensamentos mundanos e a incredulidade, e vãs confianças e filosofias substituem a fé humilde e confiante. Muitas vezes a tentação é tomada pela voz do verdadeiro Pastor, porque os homens se têm apartado de Jesus. Não poderão estar seguros um só momento, a menos que alimentem no coração princípios justos e os apliquem também em seus negócios de cada dia. TS2 136 3 "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada." Tiago 1:5. Essa promessa é de maior valia do que ouro e prata. Se com o coração humilde buscardes a direção divina em qualquer dificuldade ou embaraço que tiverdes, Sua palavra vos será garantida de que vos será dada resposta misericordiosa. E Sua palavra não pode falhar. Céus e Terra hão de passar, mas Sua palavra não passará. Confiai no Senhor e jamais sereis confundidos ou envergonhados. "É melhor confiar no Senhor do que confiar no homem. É melhor confiar no Senhor do que confiar nos príncipes." Constante necessidade de auxílio TS2 137 1 Seja qual for a posição que ocupemos na vida e o negócio em que estejamos empenhados, devemos ser sempre bastante humildes para reconhecer a necessidade que temos de assistência; devemos arrimar-nos aos ensinos da Palavra de Deus e reconhecer em todas as coisas a Sua providência, abrindo-Lhe com franqueza nossa alma em oração. Apoiai-vos, meus caros irmãos, no vosso próprio entendimento, para a carreira que escolhestes, e tereis decepção e dissabores. Confiai no Senhor com todo o vosso coração, e Ele guiará vossos passos com sabedoria, ficando salvaguardados vossos interesses tanto deste como do mundo por vir. Necessitais de luz e conhecimento. Podeis optar entre seguir o conselho de Deus e o de vosso próprio coração; entre andar ao clarão de vossa própria luz ou colher para vós luz divina do Sol da Justiça. TS2 137 2 Não deveis agir movidos por princípios terrenos. O maior risco que correm nossos homens de negócio e os que têm encargos de responsabilidade é que se deixem induzir a deixar Cristo para buscar algum auxílio fora dEle. Pedro não teria sido induzido a dar mostras de tanta fraqueza e desatino, se não tivesse procurado evitar pelo uso de expedientes a reprovação, zombaria, perseguição e opróbrio. Sua mais alta esperança centralizava-se em Cristo; quando, porém, O viu humilhado, a incredulidade insinuou-se em seu espírito e Pedro deixou-se orientar por ela. Caiu então sob o poder da tentação e, em vez de se provar fiel ao Mestre na hora da crise, acabou por negá-Lo pecaminosamente. TS2 137 3 Pelo interesse de ganhar dinheiro muitos se afastam de Deus, esquecendo-se de seus interesses eternos. Adotam o caminho do homem calculista e mundano; mas Deus não aprova isso; constitui uma ofensa a Ele. Os homens devem ser aptos a delinear e executar planos, mas todos os seus negócios devem ser efetuados de acordo com a grande lei moral de Deus. Em todos os atos da vida, tanto nos de maior como nos de menor importância, devem ser aplicados os princípios do amor de Deus, e do próximo. Cumpre que haja um espírito que se não contente em dizimar a hortelã, o endro e o cominho; mas que tome em consideração e ponha por obra a parte mais importante da lei, que é o juízo, a misericórdia e o amor de Deus; pois que o caráter individual de cada um que estiver relacionado com a obra deixará nela a sua impressão. Comerciantes cristãos TS2 138 1 Há homens e mulheres que por amor de Cristo abandonaram tudo. Para eles os seus interesses temporais, o convívio das pessoas de suas relações, de sua família, de seus amigos são de menor importância do que os interesses do reino de Deus. Em sua afeição, não puseram propriedades, parentes e amigos em primeiro lugar e a causa de Deus em segundo. Os que isto fazem, que devotam a vida ao progresso da verdade, a fim de levar muitos filhos e filhas a Deus, têm a promessa de ser-lhes isto recompensado centuplicadamente nesta vida, devendo fruir o gozo da vida eterna no mundo por vir. Os que trabalham possuídos de ideais nobres e altruístas, consagrarão a Deus o corpo, a alma e o espírito. Não buscarão sua exaltação própria; não se sentirão aptos a assumir responsabilidades; mas não se recusarão a elas, porque terão o desejo de fazer tudo quanto lhes seja possível. Estes não buscarão suas próprias conveniências; a pergunta que farão é: qual é o dever? TS2 138 2 Quanto maior for a responsabilidade de uma posição, tanto mais importante é que a influência nela exercida seja boa. Cada homem que Deus tiver escolhido para Sua obra, torna-se alvo de Satanás. Fortes e grandes tentações o assaltam, porque nosso sagaz inimigo sabe que sua conduta terá uma influência educadora sobre outros. Estamos em meio dos perigos dos últimos dias, e Satanás desceu com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo. Por isso opera com todo o engano da injustiça; todo o Céu está, porém, à disposição daquele que põe em Deus a sua confiança. A nossa única segurança está em nos apegarmos a Jesus, não consentindo que coisa alguma nos separe de nosso poderoso Ajudador. TS2 139 1 Indivíduos relacionados com a obra e que têm apenas uma aparência de piedade, são de temer. Esses certamente hão de trair a confiança neles depositada. Deixando-se vencer pelas seduções do tentador, farão periclitar a causa de Deus. Sobrevir-lhes-ão tentações de fazer prevalecer o próprio eu, revelando-se neles um espírito de exaltação e crítica, e em muitos casos manifestar-se-á da parte deles falta de compaixão e contemplação com os que deveriam ser tratados com atenciosa ternura. TS2 139 2 "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Gálatas 6:7. Que espécie de semente estamos lançando? Qual será nossa colheita no tempo e na eternidade? A cada qual o Mestre designou sua obra de acordo com sua capacidade. Estamos nós lançando a semente da verdade e da justiça, ou da incredulidade, suspeita e amor do mundo? O que estiver lançando semente má poderá discernir a natureza de sua obra, e, arrependendo-se, ser perdoado. Mas o perdão do Mestre não modificará a natureza da semente que tiver sido lançada, transformando em trigo precioso espinhos e abrolhos. O semeador mesmo poderá ser salvo "como pelo fogo"; mas quando o tempo da ceifa chegar só será encontrado o venenoso joio onde deviam existir maduras e ondeantes searas. Aquilo que foi semeado com ímpia irreflexão fará a sua obra de morte. Este pensamento faz doer-me o coração e o enche de tristeza. Se todos os que professam crer na verdade lançassem a semente preciosa da bondade e do amor, da fé e da coragem, em seu peregrinar ascendente, louvariam ao Senhor em seu coração e se regozijariam nos raios resplandecentes do Sol da Justiça, recebendo no grande dia da ceifa uma eterna recompensa. ------------------------Capítulo 22 -- A disposição mundana, um laço TS2 140 1 Ver-se-á, no dia do ajuste final de contas, que Deus estava relacionado com cada pessoa por nome. Há uma testemunha invisível de toda ação praticada na vida. "Eu sei as tuas obras", diz Aquele que "anda no meio dos sete castiçais de ouro." Apocalipse 2:1. Sabe-se que oportunidades foram negligenciadas, e quão infatigáveis têm sido os esforços do Bom Pastor em buscar os que estavam errantes por caminhos tortuosos, e trazê-los de volta à senda segura e da paz. Repetidamente tem Deus chamado os amantes de prazeres; freqüentemente tem feito irradiar a luz de Sua palavra em sua vereda, a fim de verem o perigo em que se encontram, e escaparem. Mas eles prosseguem mais e mais, brincando e pilheriando enquanto viajam pelo caminho largo, até que afinal termina seu tempo de graça. Os caminhos de Deus são justos e iguais; e quando se pronunciar sentença contra os que são achados em falta, toda boca se calará. ... TS2 140 2 Sem fé é impossível agradar a Deus; pois "tudo que não é de fé é pecado". Romanos 14:23. A fé exigida não é uma simples aquiescência a doutrinas; é a fé que opera por amor e purifica a alma. A humildade, a mansidão e a obediência não são fé; mas são os efeitos, ou frutos da fé. Estas graças, tendes ainda de obter aprendendo na escola de Cristo. Não conheceis os sentimentos e princípios do Céu; sua linguagem é quase um idioma estranho para vós ambos. O Espírito de Deus ainda intercede em vosso favor; mas tenho sérias e penosas dúvidas se dareis ouvidos àquela voz que vos tem estado a chamar por anos. Espero que sim, e que vos volvereis, e vivereis. TS2 141 3 Julgais ser demasiado grande sacrifício consagrar vosso pobre e indigno eu a Jesus? Preferireis a irremediável servidão do pecado e da morte, a separar vossa vida do mundo, e uni-la a Cristo pelos laços do amor? Jesus vive ainda para interceder por nós. Isto deve despertar dia a dia o reconhecimento de nosso coração. Aquele que avalia sua culpa e desamparo, pode ir justo assim como está, e receber a bênção de Deus. Pertence-lhe a promessa, uma vez que dela se apodere pela fé. Aquele, porém, que é rico aos próprios olhos, e digno de honra, e justo, que vê como vê o mundo, e chama ao mal bem e ao bem mal, não pode pedir e receber, porquanto não sente necessidade alguma. Julga-se cheio; portanto, tem de ir vazio. TS2 141 1 Caso vos alarmeis por vossa própria alma, e busqueis diligentemente a Deus, Ele será achado por vós; não aceitará, no entanto, um arrependimento parcial. Se abandonardes vossos pecados, Ele está sempre pronto a perdoar. Quereis vós entregar-vos a Ele mesmo agora? Olhareis ao Calvário, e indagareis: "Fez Jesus esse sacrifício por mim? Sofreu Ele humilhação, vergonha, e ignomínia, e sofreu a cruel morte de cruz, porque me desejava salvar dos sofrimentos da culpa e do horror do desespero, e tornar-me indizivelmente feliz em Seu reino? Olhai para Aquele a quem vossos pecados trespassaram, e resolvei: "O Senhor terá o serviço de minha vida. Não me unirei por mais tempo a Seus inimigos; não emprestarei por mais tempo minha influência aos rebeldes contra Seu governo. Tudo quanto tenho e sou é demasiado pouco para consagrar Àquele que tanto me amou, que deu Sua vida por mim -- Seu próprio Eu divino, por alguém tão pecaminoso e errante." Separai-vos do mundo, ponde-vos inteiramente do lado do Senhor, levai o combate às portas, e fruireis gloriosas vitórias. TS2 141 2 Bem-aventurado aquele que dá ouvidos às palavras da vida eterna. Guiado pelo "Espírito de verdade", ele será conduzido a toda a verdade. Não será amado, honrado e louvado pelo mundo; será, porém, precioso aos olhos do Céu. "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque O não conhece a Ele." 1 João 3:1. ------------------------Capítulo 23 -- Responsabilidades do médico TS2 142 1 "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Os profissionais, seja qual for sua vocação, necessitam de sabedoria divina. O médico, porém, acha-se em especial necessidade dessa sabedoria no lidar com todas as classes de espíritos e de doenças. Sua posição é ainda de mais responsabilidade que a do ministro do evangelho. Ele é chamado a colaborar com Cristo, e precisa de sólidos princípios religiosos e uma firme ligação com o Deus de sabedoria. Caso tome conselho com Deus, o Grande Médico cooperará com seus esforços, e ele andará com a máxima cautela, não seja que, por um movimento inábil, prejudique uma das criaturas de Deus. Será firme ao princípio como uma rocha, todavia bondoso e cortês com todos. Sentirá a responsabilidade de sua posição, e no exercício de sua medicina manifestará que é impelido por motivos puros, desinteressados, e o desejo de ser um adorno para a doutrina de Cristo em todas as coisas. Tal médico possuirá uma dignidade de origem celeste, e será poderoso instrumento para o bem do mundo. Embora talvez não seja apreciado pelos que não têm ligação com Deus, será todavia honrado pelo Céu. Será à vista de Deus mais precioso que o ouro, o próprio ouro de Ofir.... TS2 142 2 Há muitos modos de praticar a arte de curar; mas um só existe aprovado pelo Céu. Os remédios de Deus são os simples agentes da Natureza, que não sobrecarregarão nem enfraquecerão o organismo mediante suas fortes propriedades. Ar puro e água, asseio, regime adequado, pureza de vida e firme confiança em Deus, são remédios por cuja falta milhares de pessoas estão perecendo, todavia esses remédios estão caindo em desuso, porque seu hábil emprego requer trabalho que o povo não aprecia. Ar puro, exercício, água pura, e morada limpa e aprazível, acham-se ao alcance de todos, com apenas pouca despesa; as drogas, porém, são dispendiosas, tanto no gasto do dinheiro, como no efeito produzido no organismo. TS2 143 1 A obra do médico cristão não termina com a cura das doenças do corpo; seus esforços devem estender-se aos males do espírito, à salvação da alma. Talvez não seja seu dever, a menos que seja solicitado, apresentar quaisquer pontos teóricos da verdade; mas pode encaminhar seus doentes para Cristo. As lições do Mestre divino são sempre apropriadas. Devem chamar a atenção do descontente para os sempre novos sinais de amor e cuidado da parte de Deus, para Sua sabedoria e bondade, tais como se manifestam nas obras que criou. A mente pode então ser levada, através da Natureza, ao alto, ao Deus da Natureza, e concentrada no Céu por Ele preparado para os que O amam. TS2 143 2 O médico deve saber orar. Em muitos casos, ele precisa aumentar o sofrimento, a fim de salvar a vida; e seja o paciente cristão ou não, sente-se mais seguro se sabe que seu médico teme a Deus. A oração dará ao doente uma permanente confiança; e muitas vezes, se seu caso é levado ao Grande Médico com humilde confiança, isto fará mais em seu benefício do que todas as drogas que sejam ministradas. Reconhecer a relação entre o pecado e a doença TS2 143 3 Satanás é o causador da doença; e o médico está batalhando contra sua obra e poder. A enfermidade da mente reina por toda parte. Nove décimos das enfermidades sofridas pelo homem têm aí seu fundamento. Talvez algum vivo distúrbio doméstico está, como gangrena, roendo até à própria alma, e enfraquecendo as forças vitais. O remorso pelo pecado mina por vezes a constituição, e desequilibra a mente. Há, também, doutrinas errôneas, como a de um inferno eternamente a arder e o tormento perpétuo dos ímpios, as quais, por darem uma visão exagerada e torcida do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre espíritos sensíveis. Os infiéis têm aproveitado ao máximo esses casos infelizes, atribuindo a loucura à religião; isto, porém, é grosseira difamação, a qual deverão enfrentar afinal. A religião de Cristo, bem longe de causar loucura, é um de seus mais eficazes remédios; é poderoso calmante nervoso. TS2 144 1 O médico necessita de sabedoria e poder mais que humanos, a fim de saber a maneira por que deve ministrar aos muitos casos desconcertantes de doença da mente e do coração com que é chamado a lidar. Se ele ignora o poder da graça divina, não pode ajudar ao doente, antes agravará o mal; mas se está firmemente apoiado em Deus, será capaz de ajudar a mente enferma, perturbada. Será capaz de encaminhar seus pacientes a Cristo, e ensiná-los a levarem todos os seus cuidados e perplexidades ao grande Portador de fardos. TS2 144 2 Há uma ligação divinamente indicada entre o pecado e a doença. Médico algum pode clinicar por um mês sem isto lhe ser exemplificado. Talvez ele ignore o fato; sua mente poderá estar tão ocupada com outros assuntos, que a atenção não lhe seja chamada para isto; mas, se for observador e sincero, não poderá deixar de reconhecer que o pecado e a doença mantêm entre si a relação de causa e efeito. O médico deve ser pronto a ver isto, e a agir em harmonia. Havendo ele granjeado a confiança dos doentes aliviando-lhes os sofrimentos e trazendo-os da beira do túmulo, pode ensinar-lhes que a doença é o resultado do pecado; e que é o inimigo caído que os procura seduzir às práticas destruidoras da saúde e da alma. Pode impressionar-lhes o espírito com a necessidade de negarem-se a si mesmos, e obedecerem às leis da vida e da saúde. Na mente dos jovens, especialmente, pode ele incutir os retos princípios. TS2 144 3 Deus ama Suas criaturas com um amor que é a um tempo terno e forte. Estabeleceu as leis da Natureza; estas, porém, não são exigências arbitrárias. Todo "Não", seja no que concerne à lei física como no que respeita à lei moral, implica uma promessa. Caso ela seja obedecida, nossos passos serão seguidos de bênçãos; se desobedecida, o resultado será perigo e infelicidade. As leis de Deus visam levar Seu povo mais perto dEle. Ele os salvará do mal e os levará ao bem, se quiserem ser conduzidos; forçá-los, porém, Ele jamais fará. Não nos é possível discernir os planos de Deus; cumpre-nos, porém, confiar nEle, e mostrar nossa fé por nossas obras.... A tensão da prática da medicina TS2 145 1 O médico é quase diariamente posto em face da morte. Caminha, por assim dizer, à beira da sepultura. Em muitos casos, a familiarização com cenas de sofrimento e morte produz despreocupação e indiferença para com a miséria humana, e negligência no tratamento do enfermo. Tais médicos não são capazes de simpatizar ternamente. São ásperos e bruscos, e os doentes sentem pavor ao vê-los aproximarem-se. Esses homens, por maiores que sejam seus conhecimentos e competência, pouco bem podem fazer aos doentes; mas se o amor e a compaixão manifestados por Jesus aos enfermos se misturarem aos conhecimentos do médico, sua própria presença será uma bênção. Ele não considerará o doente um simples exemplar do mecanismo humano, mas uma alma a ser salva ou perdida. TS2 145 2 Os deveres do médico são árduos. Poucos avaliam a tensão mental e física a que ele está sujeito. Cumpre empregar toda energia e capacidade com o mais intenso anseio, na batalha contra a moléstia e a morte. Muitas vezes ele sabe que um movimento menos hábil da mão, até por um fio de cabelo apenas, em direção errada, pode mandar para a eternidade uma alma não preparada. Quanto precisa o médico fiel da simpatia e das orações do povo de Deus! Seus direitos nesse sentido não são inferiores aos do mais consagrado ministro ou missionário. Privado, como se vê muitas vezes, do necessário repouso e do sono, e mesmo dos privilégios religiosos no sábado, necessita dobrada porção de graça, uma nova provisão a cada dia, do contrário perderá sua segurança em Deus, e estará em risco de imergir mais fundo nas trevas espirituais, do que homens de outras profissões. E todavia é muitas vezes objeto de imerecidas censuras, e deixado sozinho, sujeito às mais cruéis tentações de Satanás, sentindo-se mal compreendido, traído pelos de sua amizade. Adquirir educação médica TS2 146 1 Muitos, conhecendo quão probantes são os deveres do médico, e quão poucas oportunidades têm eles de libertar-se do cuidado, mesmo no sábado, não escolherão a medicina como profissão. Mas o grande inimigo está continuamente procurando destruir a obra das mãos de Deus, e homens de cultura e inteligência são chamados a combater-lhe o cruel poder. Necessitam-se mais homens da devida espécie, que se consagrem a esta profissão. Façam-se diligentes esforços para induzir homens de aptidão a se habilitarem para esta obra. Devem ser homens cujo caráter esteja baseado nos largos princípios da Palavra de Deus -- homens dotados de natural energia, força e perseverança que os habilitem a atingir elevada norma de excelência. Não é qualquer um que pode dar um médico de êxito. Muitos têm assumido os deveres dessa profissão, de todo sem preparo. Não possuem o conhecimento exigido, nem a habilidade e o tato, o cuidado e a inteligência necessários à garantia do êxito. TS2 146 2 O médico pode prestar muito melhor serviço, se é dotado de resistência física. Se é fraco, não pode resistir ao fatigante labor inerente a sua profissão. Um homem de constituição débil, um dispéptico, ou um que não tenha perfeito domínio de si mesmo, não se pode habilitar ao trato com todas as classes de doença. Tome-se grande cuidado em não animar pessoas que poderiam ser úteis em alguma posição de menos responsabilidade, a estudar medicina, com grande dispêndio de tempo e de meios, quando não há razoável esperança de que venham a ser bem-sucedidas. TS2 146 3 Alguns se têm destacado como homens que poderiam ser médicos de utilidade, e foram estimulados a fazer o curso de medicina. Mas alguns dos que começaram seus estudos nas escolas médicas como cristãos, não conservaram no devido lugar a lei divina; sacrificaram princípios, e perderam sua firmeza em Deus. Acharam que, sem ajuda, não poderiam guardar o quarto mandamento, e enfrentar as caçoadas e o ridículo dos ambiciosos, dos amantes do mundo, dos superficiais, dos cépticos e infiéis. Tal sorte de perseguição, não estavam eles preparados para enfrentar. Eram ambiciosos de subir mais alto no mundo, e tropeçaram na escura montanha da descrença, e tornaram-se indignos de confiança. Abriram-se diante deles tentações de toda espécie, e não tinham forças para resistir. Alguns desses tornaram-se desonestos, homens de planos astuciosos, e culpados de graves pecados. TS2 147 1 Há neste século perigo para todo aquele que entra no estudo da medicina. Freqüentemente seus instrutores são sábios segundo o mundo, e seus colegas infiéis que não se lembram de Deus, e ele está em perigo de ser influenciado por essas associações irreligiosas. Não obstante, alguns têm atravessado o curso médico, e permanecido leais aos princípios. Não estudavam no sábado; e demonstraram que os homens se podem habilitar para os deveres de um médico sem decepcionar as expectativas dos que lhes forneceram meios para fazer seu curso. Como Daniel, honraram a Deus, e Ele os guardou. Daniel propôs em seu coração que não adotaria os costumes das cortes reais; não comeria da comida do rei, nem beberia de seu vinho. Esperaria em Deus quanto à resistência e graça, e Deus lhe deu sabedoria, e habilidade, e conhecimento acima dos astrólogos, adivinhos e magos do reino. Nele se verificou a promessa: "Aos que Me honram, honrarei." TS2 147 2 O jovem médico tem acesso ao Deus de Daniel. Mediante a graça e o poder divinos, pode-se tornar tão eficiente em sua carreira, como era Daniel em sua exaltada posição. É um erro, porém, fazer do preparo científico a coisa todo-importante de sua vida, ao passo que os princípios religiosos que jazem à própria base de uma clínica bem-sucedida, são negligenciados. Muitos são elogiados como hábeis em sua profissão, mas desdenham a idéia de que necessitam apoiar-se em Jesus quanto à sabedoria em sua obra. Mas se esses homens que confiam no próprio conhecimento científico fossem iluminados pela luz celeste, quão maior excelência viriam a atingir! Quão mais vigorosas seriam suas faculdades, com que maior confiança poderiam empreender os casos difíceis! O homem que se acha intimamente ligado ao grande Médico da alma e do corpo, tem os recursos do Céu e da Terra à Sua disposição, e pode operar com uma sabedoria e infalibilidade de precisão que não podem possuir os homens destituídos de piedade. ------------------------Capítulo 24 -- A crise vindoura TS2 149 1 "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra contra os demais de sua semente, que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo." Apocalipse 12:17. Num futuro não muito distante haveremos de ver estas palavras cumpridas, quando as igrejas protestantes se aliarem com o mundo e o poder papal contra os que guardam os mandamentos de Deus. O mesmo espírito que atuou nos romanistas em épocas passadas há de induzir os protestantes a adotarem as mesmas medidas contra os que se conservam leais à lei de Deus. TS2 149 2 A Igreja e o Estado estão agora fazendo preparativos para um futuro conflito. Como outrora os romanistas, os protestantes estão agindo dissimuladamente para exaltar o domingo. Por todo o país a igreja papal está elevando seus gigantescos e maciços edifícios em cujos recessos se hão de repetir as cenas de perseguição de outros tempos. O caminho está sendo aparelhado em proporções vastas para a manifestação dos prodígios de mentira, mediante os quais Satanás pretende enganar, se for possível, até os escolhidos. TS2 149 3 O decreto que será promulgado contra o povo de Deus há de oferecer muita semelhança com o de Assuero contra os judeus nos dias de Ester. O edito persa se originara na maldade de Hamã contra Mardoqueu, não porque este lhe houvesse feito mal, mas porque se recusara a tributar-lhe a reverência que só a Deus é devida. A decisão do rei foi obtida sob falsos pretextos, mediante uma errônea representação do caráter desse povo. O plano mesmo fora inspirado por Satanás, ao qual interessava desarraigar da Terra os que preservam o conhecimento do Deus vivo. Mas essas conspirações falharam diante do poder dos que são enviados a servir a favor dos homens. Anjos magníficos em poder tiveram a incumbência de proteger o povo de Deus, e as maquinações de seus adversários recaíram sobre eles próprios nas suas conseqüências. O mundo protestante moderno vê no pequeno grupo de observadores do sábado um Mardoqueu à porta. Seu caráter e conduta, exprimindo a verdadeira reverência pela lei de Deus, são uma exprobração constante para os que renunciaram o temor do Senhor, calcando a pés seu santo sábado. Os intrusos e inoportunos precisam de alguma maneira ser eliminados. TS2 150 1 O mesmo espírito despótico que noutras eras tramou contra os fiéis há de tentar extirpar da face da Terra os que temem a Deus e obedecem à Sua lei. Satanás há de excitar a indignação contra uma minoria que conscienciosamente se recusa a aceitar costumes e tradições populares. Homens de destaque e reputação hão de associar-se aos que são adversos à lei e aos maus, a fim de tomarem conselho contra o povo de Deus. A riqueza, o gênio e a educação hão de aliar-se a fim de cobri-los de ignomínia. Magistrados perseguidores, ministros e membros de igreja, hão de conspirar contra eles. De viva voz e com a pena, com ameaça, escárnio e zombaria, hão de tentar derrotar a sua fé. Desvirtuando os fatos e por meio de apelos violentos hão de procurar acirrar as paixões do povo. Não podendo apresentar contra os defensores do sábado bíblico um "está escrito", à falta deste, lançarão mão da violência. A fim de se fazerem populares e conquistarem a simpatia do povo, os legisladores hão de ceder ao desejo deste, de obter leis dominicais. Os tementes a Deus, entretanto, não podem aceitar uma instituição que viola um dos preceitos do decálogo. Neste campo de batalha será ferido o último grande conflito da controvérsia entre a verdade e o erro. E não somos deixados na dúvida sobre o desenlace dessa batalha. Então, como nos dias de Mardoqueu, o Senhor vindicará Seu povo e Sua verdade. Indício da proximidade do fim TS2 150 2 Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. TS2 151 1 Como a aproximação dos exércitos romanos foi um sinal para os discípulos da iminente destruição de Jerusalém, assim essa apostasia será para nós um sinal de que o limite da paciência de Deus está atingido, que as nações encheram a medida de sua iniqüidade, e o anjo da graça está a ponto de dobrar as asas e partir desta Terra para não mais tornar. O povo de Deus entrará então num período de aflição e angústia que o profeta designa "o tempo da angústia em Jacó". O clamor dos fiéis perseguidos se elevará até ao Céu. E como o sangue de Abel clamou a Deus desde o pó, assim haverá também vozes clamando desde a sepultura dos mártires, das profundezas do oceano, das cavernas dos montes e das masmorras dos conventos: "Até quando, ó Dominador, e santo verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?" TS2 151 2 O Senhor está fazendo Sua obra. Todo o Céu está em atividade. O Juiz de toda a Terra Se levantará em breve para vindicar Sua autoridade insultada. O sinal do libertamento será posto naqueles que guardam os mandamentos de Deus, reverenciam Sua lei e se recusam a aceitar o sinal da besta ou da sua imagem. Uma obra por fazer TS2 151 3 Deus revelou o que deve acontecer nos últimos dias, para que Seu povo possa estar preparado para enfrentar os torvelinhos da oposição e da ira. Aqueles que têm sido advertidos dos acontecimentos impendentes não devem cruzar os braços numa calma expectativa da tormenta que se anuncia, consolando-se com a idéia de que o Senhor há de proteger os fiéis no dia da calamidade. Devemos ser como os servos que esperam seu Senhor, não nos abandonando a uma expectativa ociosa, mas trabalhando diligentemente com fé inabalável. Não é tempo agora de ocuparmos a mente com coisas de somenos importância. Enquanto os homens dormem, Satanás está ativamente ordenando as coisas de modo que o povo de Deus fique privado da graça e da justiça. O movimento dominical está agora preparando o caminho na sombra. Seus dirigentes ocultam seu legítimo intento e muitos dos que a ele aderem ignoram para onde os leva a corrente. Os intuitos professados são de índole branda e aparência cristã, mas sua fala há de revelar o espírito do dragão. TS2 152 1 É nosso dever fazer tudo ao nosso alcance, a fim de advertir contra o perigo iminente. Devemos esforçar-nos por destruir os preconceitos, assumindo a legítima atitude diante dos homens. Devemos esclarecer-lhes a questão propriamente dita em torno da qual gira a controvérsia, e deste modo lavrar o mais eficaz protesto contra medidas tendentes a restringir a liberdade de consciência. Devemos examinar as Escrituras, a fim de estar habilitados a dar a razão de nossa fé. Diz o profeta: "Os ímpios obrarão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá; mas os entendidos entenderão." TS2 152 2 Os que por Cristo têm acesso a Deus, têm um trabalho importante a fazer. Agora é o tempo de nos arrimarmos ao braço de nosso Poder. A oração de Davi deve ser tanto a dos ministros como dos leigos: "É tempo de operares, Senhor; porque eles têm invalidado a Tua lei." Salmos 119:126. Que os servos do Senhor chorem entre o pórtico e o altar, dizendo: "Poupa a Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio." Joel 2:17. Deus sempre operou a favor de Seu povo nos lances extremos, quando menos probabilidade havia de ser-lhe evitada a ruína. Os desígnios dos ímpios, dos inimigos da igreja, estão subordinados ao Seu poder e à Sua providência que tudo domina. Pode mover o coração dos estadistas, e desviar a ira dos amotinados e dos adversários, dos que aborrecem a Deus, Sua verdade e Seu povo, como se desviam as correntes dos rios, se assim o entender conveniente. A oração move o braço da Onipotência. Aquele que sustenta em suas órbitas as estrelas, e cuja palavra domina as ondas do grande abismo, o grande Criador, operará a favor de Seu povo se este Lhe suplicar com fé. Restringirá as forças das trevas até que a advertência tenha sido proclamada ao mundo, e todos que a aceitarem estejam preparados para o conflito. A perseguição torna preeminente a verdade TS2 153 1 Diz o salmista: "A cólera do homem redundará em Teu louvor; o restante da cólera Tu o restringirás." Salmos 76:10. Deus quer que a verdade probante seja colocada em primeiro plano, tornando-se assim um objeto de estudo e exame, malgrado o desprezo que muitos lhe votem. O espírito do povo precisa ser agitado. Cada contestação, cada censura, cada calúnia será um meio nas mãos de Deus para provocar a investigação e despertar os espíritos que de outro modo se abandonariam ao sono. TS2 153 2 Assim sucedeu na história passada do povo de Deus. Por recusarem-se a adorar a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor fizera erigir, os três hebreus foram lançados na fornalha ardente. Mas Deus preservou Seus servos em meio das chamas, e a tentativa de impor a idolatria contribuiu para dar o conhecimento do Deus vivo aos príncipes e grandes homens do vasto reino de Babilônia ali reunidos. TS2 153 3 O mesmo aconteceu ao ser promulgado o decreto vedando fazer súplicas a outro deus que não fosse o rei. Quando pois Daniel, conforme seu costume, fazia suas súplicas diante de Deus, três vezes ao dia, seu caso provocou a atenção dos príncipes e governadores, e teve oportunidade de falar por si e revelar o Deus verdadeiro. Foi-lhe dado então apresentar a razão por que só cumpre render culto ao Deus vivo e expor o dever que temos de render-Lhe louvor e honra. A libertação de Daniel da cova dos leões foi outra prova de que o Ser a quem servia era o legítimo Deus. TS2 154 1 Da mesma maneira a prisão de Paulo contribuiu para levar o evangelho diante de reis, príncipes e governadores que de outro modo não teriam recebido a luz. O esforço feito para retardar o progresso da verdade há de contribuir para estendê-la. A excelência da verdade se revela melhor a cada novo ponto de vista do qual se observa. O erro exige disfarce e dissimulação. Veste-se da indumentária de anjos, mas com cada revelação de seu verdadeiro caráter diminui sua probabilidade de êxito. TS2 154 2 O povo a quem Deus constituiu depositário de Sua lei não deve consentir que se oculte a luz. A verdade tem de ser proclamada nos lugares tenebrosos da Terra. Os obstáculos têm de ser enfrentados e vencidos. Resta uma grande obra a fazer e essa obra está confiada aos que conhecem a verdade. A estes cumpre fazer agora ardentes preces a Deus. O amor de Cristo deve derramar-se em suas almas, e o Espírito de Cristo tomar posse deles, preparando-os para estarem em pé no dia do juízo. Enquanto se consagram a Deus, um poder convincente há de secundar-lhes os esforços na apresentação da verdade a outros, e a sua luz abrirá acesso a muitos corações. TS2 154 3 Não devemos continuar a dormitar no terreno encantado de Satanás, mas socorrer-nos de todos os nossos recursos e lançar mão de todas as facilidades que a Providência nos depara. A última advertência tem de ser proclamada "a toda a nação, e tribo, e língua, e povo", e a promessa é esta: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." Apocalipse 10:11; Mateus 28:20. ------------------------Capítulo 25 -- A igreja, a luz do mundo TS2 155 1 O Senhor chamou Seu povo Israel e separou-os do mundo a fim de poder-lhes confiar um sagrado legado. Fê-los depositários de Sua lei, e era Seu desígnio conservar por meio deles entre os homens o conhecimento de Deus. Por eles devia a luz do Céu brilhar até aos lugares mais escuros da Terra, e fazer-se ouvir uma voz chamando todos os povos a se voltarem da idolatria para servirem ao Deus vivo e verdadeiro. Houvessem os hebreus sido fiéis a esse legado, e teriam sido uma força no mundo. Deus teria sido sua defesa, e os haveria exaltado acima de todas as outras nações. Sua luz e verdade teriam sido reveladas por meio deles, e eles se haveriam destacado sob Seu sábio e santo governo como um exemplo da superioridade desse governo sobre toda forma de idolatria. TS2 155 2 Eles, porém, não mantiveram seu concerto com Deus. Seguiram as práticas idólatras das outras nações, e em vez de tornarem o nome de seu Criador um louvor na Terra, sua conduta levou-o ao desprezo dos pagãos. Todavia o desígnio de Deus tem de cumprir-se. O conhecimento de Sua vontade precisa ser difundido pela Terra. Deus trouxe a mão do opressor sobre Seu povo, e espalhou-os como cativos entre as nações. Na aflição, muitos deles se arrependeram de suas transgressões e buscaram ao Senhor. Dispersos pelos países dos gentios, disseminaram largamente o conhecimento do verdadeiro Deus. Os princípios da lei divina entraram em conflito com os costumes e práticas das nações. Os idólatras buscaram esmagar a fé verdadeira. Em Sua providência, o Senhor pôs Seus servos Daniel, Neemias e Esdras, face a face com reis e governadores, para que esses idólatras tivessem oportunidade de receber a luz. Assim a obra que Deus dera a Seu povo na prosperidade, dentro de suas fronteiras, mas que fora negligenciada devido a sua infidelidade, foi por eles realizada em cativeiro, sob grande provação e por entre entraves. TS2 156 1 Chamou Deus Sua igreja hoje, como chamara o antigo Israel, a fim de erguer-se como luz na Terra. Pela poderosa espada da verdade, as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos, separou-os das igrejas e do mundo para trazê-los a uma santa proximidade dEle. Fê-los depositários de Sua lei, e confiou-lhes as grandes verdades da profecia para este tempo. Como as Santas Escrituras confiadas ao antigo Israel, estas são um sagrado depósito a ser comunicado ao mundo. Os três anjos de Apocalipse 14 representam o povo que aceita a luz das mensagens de Deus, e vão como agentes Seus fazer soar a advertência por toda a extensão e largura da Terra. Cristo declara a Seus seguidores: "Vós sois a luz do mundo." Mateus 5:14. A toda alma que aceita a Jesus, diz a cruz do Calvário: "Vede o valor da alma. 'Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura'." Marcos 16:15. Não se deve permitir que coisa alguma impeça esta obra. É a obra todo-importante para este mundo; deve ser de tão vasto alcance como a eternidade. O amor manifestado por Jesus pelas almas dos homens no sacrifício feito por sua redenção, atuará em todos os Seus seguidores. Repetiremos nós a experiência de Israel? TS2 156 2 Muito poucos dos que receberam a luz, no entanto, estão fazendo a obra confiada a suas mãos. Poucos são os homens de incondicional fidelidade, que não consideram a comodidade, as conveniências ou a própria vida, que abrem seu caminho para onde quer que possam achar uma porta por onde forcem a luz da verdade e reivindiquem a santa lei de Deus. Mas os pecados que controlam o mundo têm penetrado nas igrejas e no coração daqueles que professam ser o povo peculiar de Deus. Muitos dos que receberam a luz exercem sua influência no sentido de aquietar os temores dos professos mundanos e formais. TS2 157 1 Há amantes do mundo mesmo entre os que professam estar aguardando o Senhor. Há ambição de riquezas e de honras. Cristo descreve esta classe quando declara que o dia de Deus virá como um laço sobre todos os que habitam na Terra. Este mundo é seu lar. Fazem do adquirir riquezas sua ocupação. Constroem custosas habitações e mobiliam-nas com tudo quanto é bom; comprazem-se no vestuário e na satisfação do apetite. As coisas do mundo são seus ídolos. Estas coisas se interpõem entre a alma e Cristo, e as solenes e assombrosas realidades que se estão adensando sobre nós não são vistas senão muito palidamente e muito fracamente avaliadas. A mesma desobediência e o mesmo fracasso observados na igreja judaica, têm caracterizado em maior grau o povo que recebeu esta grande luz do Céu nas últimas mensagens de advertência. Deixaremos que a história de Israel se repita em nossa experiência? Havemos nós de, à semelhança deles, esbanjar nossas oportunidades e privilégios até que Deus permita nos sobrevirem opressão e perseguição? Será a obra que podia ser efetuada em paz e relativa prosperidade deixada por fazer até que precise ser realizada em dias de trevas, sob a pressão das provas e da perseguição? TS2 157 2 Terrível é a quantidade de culpa que pesa sobre a igreja. Por que não estão os que possuem a luz desenvolvendo diligentes esforços para levá-la a outros? Vêem que o fim está perto. Vêem multidões transgredindo diariamente a lei de Deus; e sabem que essas almas não podem salvar-se em transgressão. Têm todavia mais interesse em seu comércio, suas plantações, suas casas, suas mercadorias, seus vestidos, sua mesa, do que nas almas de homens e mulheres que devem encontrar face a face no juízo. O povo que pretende obedecer à verdade acha-se adormecido. Não poderiam estar tão a cômodo como estão, caso estivessem despertos. O amor da verdade está se extinguindo em seu coração. Seu exemplo não é de molde a convencer o mundo de que eles possuem uma verdade mais avançada que qualquer outro povo da Terra. No próprio tempo em que deviam ser fortes em Deus, tendo diariamente uma viva experiência, acham-se fracos, hesitantes, descansando nos pregadores como seu ponto de apoio, quando deviam estar ministrando a outros com a mente, a alma, a voz, a pena, o tempo e o dinheiro. Fracos por escolha TS2 158 1 Irmãos e irmãs, muitos de vós vos desculpais do trabalho sob pretexto de incapacidade para trabalhar por outros. Mas acaso vos fez Deus assim incapazes? Não foi essa incapacidade produzida por vossa própria inatividade, e perpetuada por vossa própria e deliberada escolha? Não vos deu Deus pelo menos um talento a multiplicar, não para vosso próprio proveito e satisfação, mas para Ele? Tendes vós compreendido a obrigação que sobre vós pesa, como servos assalariados Seus, de trazer-Lhe os juros pelo sábio e hábil emprego desse capital a vós confiados? Não tendes perdido oportunidades de desenvolver vossas faculdades para esse fim? É demasiado verdadeiro que poucos são os que têm sentido um senso real de sua responsabilidade para com Deus. Amor, discernimento, memória, previsão, tato, energia e todas as outras faculdades têm sido consagradas ao próprio eu. Tendes manifestado mais sabedoria no serviço do mal do que na causa de Deus. Tendes pervertido, inutilizado, ainda mais, embrutecido vossas faculdades pela intensa atividade que desenvolveis nos empreendimentos mundanos, com negligência da obra de Deus. TS2 158 2 Todavia acalmais a consciência dizendo que não podeis desfazer o passado, e adquirir o vigor, a resistência e habilidade que poderíeis ter tido se houvésseis empregado vossas faculdades como Deus demandava. Lembrai-vos, porém, que Ele vos considera responsáveis pela obra negligentemente feita ou deixada de fazer por causa de vossa infidelidade. Quanto mais exercitardes as faculdades para o Mestre, tanto mais aptos e hábeis vos tornareis. Quanto mais estreitamente vos ligardes com a Fonte da luz e do poder, tanto maior luz será derramada sobre vós, e tanto maior poder tereis para usar para Deus. E por tudo quanto poderíeis ter tido, mas deixastes de obter devido a vosso devotamento ao mundo, sois responsáveis. Quando vos tornastes seguidores de Cristo, vos comprometestes a servi-Lo, e a Ele tão-somente, Ele prometeu estar convosco e abençoar-vos, refrigerar-vos com Sua luz, assegurar-vos Sua paz, e tornar-vos alegres em Seu serviço. Acaso deixastes de receber essas bênçãos? Estai certos de que foi o resultado de vosso próprio procedimento. TS2 159 1 A fim de escapar ao serviço militar durante a guerra, houve homens que atraíram doenças, outros se aleijaram a fim de serem considerados incapazes para o serviço. Aí está uma ilustração da atitude que muitos têm seguido em relação com a causa de Deus. Têm prejudicado suas faculdades, tanto físicas como mentais, de modo que são incapazes para fazer a obra tão grandemente necessitada. Sou eu guardador de meu irmão? TS2 159 2 Suponde que vos fosse posta na mão uma importância de dinheiro para que a empregásseis em determinado desígnio; havíeis de atirá-la fora e declarar que não éreis agora responsáveis pelo emprego da mesma? Sentiríeis haver-vos poupado grande cuidado? Todavia é isto que tendes estado a fazer com os dons de Deus. Eximir-vos a trabalhar por outros sob pretexto de incapacidade, quando estais absorvidos em empreendimentos mundanos, é zombar de Deus. Há multidões descendo à ruína; o povo que tem recebido luz e verdade não passa de um punhado a conter toda a hoste do mal; e todavia esse pequenino grupo está devotando as suas energias a qualquer coisa e a tudo, menos a aprender como poderão salvar almas da morte. Será de admirar que a igreja seja fraca e ineficiente, que pouco possa Deus fazer por Seu povo professo? Eles se colocam em posição onde Lhe é impossível trabalhar com eles e por eles. Ousais acaso continuar a desconsiderar Suas reivindicações? Brincareis ainda com os mais sagrados legados do Céu? Direis porventura como Caim: "Sou eu guardador de meu irmão?" Gênesis 4:9. TS2 159 3 Lembrai-vos de que vossa responsabilidade não se mede por vossos recursos e aptidões atuais, mas pelas faculdades originalmente concedidas e as possibilidades de desenvolvimento. A pergunta que cada um deve fazer-se a si mesmo, não é se ele se encontra agora sem experiência e incapaz para trabalhar na causa de Deus, mas como e por que se encontra nessas condições, e como pode isto ser remediado. Deus não nos dotará sobrenaturalmente das faculdades que nos faltam; mas ao passo que exercitamos as aptidões que temos, Ele operará conosco, para aumentar e fortalecer toda faculdade; nossas energias adormecidas se despertarão, e potencialidades há muito paralisadas receberão nova vida. TS2 160 1 Enquanto nos encontramos no mundo, teremos que ver com as coisas do mundo. Haverá sempre necessidade de transação de negócios temporais, seculares; isto, porém, jamais deve tornar-se todo-absorvente. O apóstolo Paulo deu uma regra segura: "Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor." Romanos 12:11. Os deveres humildes e comuns da vida, devem ser todos cumpridos com fidelidade; "de coração", diz o apóstolo, "como ao Senhor". Seja qual for nosso ramo de serviço, seja ele o trabalho doméstico, seja o labor no campo, sejam prossecuções intelectuais, podemos realizá-las para a glória de Deus enquanto dermos a Cristo o primeiro, o último e o melhor lugar em tudo. Além desses empregos mundanos, porém, é dada a todo seguidor de Cristo uma obra especial para a edificação de Seu reino -- uma obra que requer esforço pessoal pela salvação de homens. Não é um trabalho a ser feito uma vez por semana apenas, no lugar de culto, mas em todo tempo e em todos os lugares. O compromisso para com o serviço do mestre TS2 160 2 Todo aquele que se liga com a igreja, faz por esse ato um voto solene de trabalhar pelos interesses da igreja, e de manter esse interesse acima de toda consideração mundana. Sua obra é conservar viva comunhão com Deus, empenhar-se de coração e alma no grande plano da redenção, e mostrar, em sua vida e caráter, a excelência dos mandamentos de Deus em contraste com os costumes e preceitos do mundo. Toda alma que fez profissão de Cristo, comprometeu-se a ser tudo quanto lhe seja possível ser como um obreiro espiritual, a ser ativo, zeloso e eficiente no serviço de seu Mestre. Cristo espera que cada homem cumpra seu dever; seja esta a senha em todas as fileiras de Seus seguidores. TS2 161 1 Não devemos esperar que nos solicitem a comunicar luz, a ser importunados por conselho ou instrução. Toda pessoa que recebe os raios do Sol da Justiça, deve refletir-Lhe o brilho a todos os que a cercam. Sua religião deve exercer positiva e decidida influência. Suas orações e súplicas devem estar tão impregnadas do Espírito Santo, que abrandem e subjuguem a alma. Disse Jesus: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:16. Melhor é para um mundano o nunca ter visto um mestre de religião, do que chegar sob a influência de um que seja ignorante do poder da piedade. Se Cristo fosse nosso modelo, Sua vida nossa regra, que zelo se manifestaria, que esforços seriam desenvolvidos, que liberalidade exercida, quanta abnegação praticada! Quão infatigável devia ser o labor, quão fervorosas orações em busca de poder e de sabedoria ascenderiam a Deus! Se todos os professos filhos de Deus sentissem ser a primordial ocupação da vida fazer a obra que Ele lhes mandou realizar, se trabalhassem abnegadamente em Sua causa, que mudança se manifestaria em lares e corações, em igrejas, sim, no próprio mundo! TS2 161 2 Em todos os séculos foi reclamado dos seguidores de Cristo vigilância e fidelidade; mas agora que nos achamos no limiar do mundo eterno, possuindo as verdades que temos, de posse de tão grande luz, de uma obra tão importante, cumpre-nos dobrar de diligência. Cada um deve fazer o máximo de suas aptidões. Meu irmão, pondes em risco vossa própria salvação se ficais agora para trás. Deus vos chamará a contas se falhardes na obra que vos designou. Tendes conhecimento da verdade? Dai-a aos outros. Que posso eu dizer para despertar nossas igrejas? Que TS2 162 3 posso eu dizer aos que têm desempenhado parte preeminente na proclamação da última mensagem? "O Senhor vem", deve ser o testemunho apresentado, não só pelos lábios, mas pela vida e o caráter; porém muitos a quem Deus concedeu luz e conhecimento, talentos de influência e meios, são homens que não amam a verdade e não a praticam. Beberam a tão largos sorvos da intoxicante taça do egoísmo e da mundanidade, que ficaram embriagados com os cuidados desta vida. TS2 162 1 Irmãos, se continuardes a ser tão preguiçosos, tão mundanos, tão egoístas como tendes sido, certamente Deus vos passará por alto, e tomará aqueles que cuidam menos de si mesmos, são menos ambiciosos de honras mundanas, e não hesitarão em sair, como fez seu Mestre, fora do arraial, levando o vitupério. A obra será dada àqueles que lançarão mãos dela, que apreciam, que lhe entretecem os princípios na vida diária. Deus escolherá homens humildes que buscam glorificar-Lhe o nome e promover-Lhe a causa de preferência a honrar e prosperarem-se a si mesmos. Ele suscitará homens que não possuem tanta sabedoria do mundo, mas que estão ligados com Ele, e buscarão conselho e forças do alto. No poder da verdadeira piedade TS2 162 2 Alguns de nossos dirigentes inclinam-se a condescender com o espírito manifestado pelo apóstolo João quando disse: "Mestre, vimos um que em Teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue." São essenciais a organização e a disciplina, mas há agora grande risco de apartar-nos da simplicidade do evangelho de Cristo. O que necessitamos, é menos confiança em meras formas e cerimônias, e muito mais poder da verdadeira piedade. Se sua vida e caráter são exemplares, trabalhem todos quantos quiserem, em qualquer atividade. Se bem que não se conformem em tudo com os vossos métodos, não se deve proferir uma palavra para condená-los ou desanimá-los. Quando os fariseus quiseram que Jesus fizesse calar as crianças que Lhe cantavam o louvor, o Salvador disse: "Se estes se calarem, as próprias pedras clamarão." Lucas 19:40. A profecia tem de cumprir-se. TS2 163 1 Assim, nestes dias, deve a obra ser feita. Há muitos departamentos de trabalho; desempenhe cada um uma parte, da melhor maneira que lhe seja possível. O homem que tem apenas um talento não o deve enterrar na terra. Deus deu a cada um sua obra, segundo as aptidões que possui. Aqueles a quem foram confiados maiores legados e capacidades, não devem procurar reduzir ao silêncio outros de menos capacidade ou experiência. Os homens dotados de um talento podem alcançar uma classe de que os que possuem dois ou cinco talentos não se podem aproximar. Grandes e pequenos são igualmente vasos escolhidos para levar a água da vida às almas sedentas. Não ponham os que pregam a Palavra a mão no mais humilde obreiro, dizendo: "Você deve trabalhar neste ramo ou não trabalhar absolutamente." Não façais isto, irmãos. Trabalhe cada um em sua própria esfera, revestido de sua própria armadura, fazendo seja o que for que possa fazer em sua maneira humilde. Fortalecei-lhe as mãos na obra. Não é tempo de o farisaísmo dominar. Deixai que Deus opere por meio de quem Ele quiser. A mensagem precisa avançar. Apelo aos leigos TS2 163 2 Todos devem mostrar sua fidelidade para com Deus pelo sábio emprego do capital a ele confiado, não somente em meios, mas em qualquer dote que tenda para a edificação de Seu reino. Satanás empregará todo meio possível para impedir a verdade de chegar aos que se acham imersos no erro; a voz da advertência e do rogo, porém, deve alcançá-los. E ao passo que apenas poucos estão empenhados nesta obra, milhares devem estar tão interessados quanto eles. TS2 163 3 Nunca foi desígnio de Deus que os membros leigos da igreja se escusassem de trabalhar em Sua causa. "Ide, trabalhai em Minha vinha" é a ordem do Mestre a cada um de Seus seguidores. Enquanto houver almas por converter no mundo, deve haver pela sua salvação o mais ativo, zeloso, fervente e determinado esforço. Os que receberam a luz, devem buscar esclarecer os que não a têm. Se os membros da igreja não lançarem individualmente mão desta obra, mostrarão assim não estar em viva conexão com Deus. Seu nome está registrado como servos negligentes. Não podeis discernir a razão por que não há mais espiritualidade em nossas igrejas? É porque não sois colaboradores de Cristo. TS2 164 1 Deus deu a cada homem sua obra. Esperemos, cada um de nós, em Deus, e Ele nos ensinará a trabalhar, e qual trabalho somos mais aptos para fazer. Todavia ninguém deve começar com espírito independente, a promulgar teorias novas. Os obreiros devem estar em harmonia com a verdade e com seus irmãos. Importa que haja conselho e cooperação. Não devem sentir, porém, que devem a cada passo esperar para perguntar a um obreiro de mais responsabilidade se podem fazer isto ou aquilo. Não olheis ao homem no sentido de receber guia, mas ao Deus de Israel. TS2 164 2 O trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade terá de realizar em terrível crise, sob as circunstâncias mais desanimadoras, proibitivas. As advertências que a conformidade com o mundo tem silenciado ou retido, precisam ser dadas sob a mais feroz oposição dos inimigos da fé. E por aquele tempo a classe dos superficiais, conservadores, cuja influência tem retardado decididamente o progresso da obra, renunciará à fé e tomará sua posição com os francos inimigos dela, para os quais havia muito tendiam suas simpatias. Esses apóstatas hão de manifestar então a mais acerba inimizade, fazendo tudo quanto estiver ao seu alcance para oprimir e fazer mal a seus antigos irmãos e excitar indignação contra eles. Esse tempo se acha justamente diante de nós. TS2 164 3 Os membros da igreja serão individualmente provados. Serão colocados em circunstâncias em que se verão forçados a dar testemunho da verdade. Muitos serão chamados a falar diante de concílios e em tribunais de justiça, talvez separadamente e sozinhos. A experiência que os haveria ajudado nesta emergência, negligenciaram obter, e sua alma se acha opressa de remorsos pelas oportunidades desperdiçadas e os privilégios que negligenciaram. Não vos demoreis mais TS2 165 1 Meu irmão, minha irmã, ponderai estas coisas, eu vos peço. Tendes, cada um de vós, uma obra a fazer. Vossa infidelidade e negligência acham-se registradas contra vós no Livro do Céu. Tendes enfraquecido vossas faculdades e diminuído vossas aptidões. Faltam-vos a experiência e eficiência que poderíeis ter. Antes, porém, que seja para sempre demasiado tarde, insisto convosco para que desperteis. Não vos demoreis mais. O dia é quase passado. O Sol poente está prestes a desaparecer para sempre aos vossos olhos. Todavia enquanto o sangue de Cristo intercede, podeis encontrar perdão. Concitai todas as energias da alma, empregai as poucas horas restantes em diligente labor para Deus e vossos semelhantes. TS2 165 2 Meu coração se acha profundamente comovido. As palavras são inadequadas para exprimir meus sentimentos ao interceder eu pelas almas perdidas. Tenho eu de pleitear em vão? Como embaixadora de Cristo, quisera despertar-vos para trabalhar como nunca dantes trabalhastes. Vosso dever não pode ser passado a outro. Ninguém senão vós mesmos pode realizar vossa obra. Caso retenhais a luz que tendes, alguém deve ser deixado em trevas por causa de vossa negligência. TS2 165 3 A eternidade estende-se diante de nós. A cortina está a ponto de ser erguida. Nós, que ocupamos esta posição solene, de responsabilidade, que estamos fazendo, em que estamos pensando, que nos apegamos a nosso egoísta amor da comodidade, enquanto almas estão perecendo ao nosso redor? Acaso se tornaram nossos corações de todo calejados? Não podemos nós sentir ou compreender que temos uma obra a efetuar pela salvação dos outros? Irmãos, sois porventura da classe dos que, tendo olhos não vêem, e tendo ouvidos não ouvem? Será em vão que Deus vos deu o conhecimento de Sua vontade? Terá sido em vão que Ele vos tem enviado advertência após advertência? Acreditais nas declarações da verdade eterna quanto ao que está para acontecer na Terra, acreditais que os juízos de Deus estão impendentes sobre o povo, e podeis ainda sentar-vos a gosto, indolentes, descuidosos, amando o prazer? Tesouro no céu TS2 166 1 Não é tempo agora de o povo de Deus estar fixando suas afeições ou entesourando neste mundo. Não vem muito distante o tempo em que, como os antigos discípulos, seremos forçados a buscar refúgio em lugares desolados e solitários. Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas. E agora, em vez de buscarmos dispendiosas moradas aqui, devemos estar-nos preparando para mudar-nos para um país melhor, isto é, o celestial. Em vez de gastar nosso dinheiro em nos comprazer a nós mesmos, cumpre-nos estudar a maneira de economizar. Cada talento emprestado por Deus deve ser empregado para glória Sua, em proclamar a advertência ao mundo. Deus tem uma obra para Seus obreiros fazerem nas cidades. Nossas missões precisam ser mantidas; outras novas precisam abrir-se. Para levar avante esta obra com êxito, não será preciso pequeno dispêndio. Necessitam-se casas de culto, onde o povo seja convidado a ouvir as verdades para este tempo. Justamente para esse desígnio confiou Deus capital a Seus mordomos. Não prendais vossos bens em empreendimentos mundanos, de modo que esta obra seja prejudicada. Ponde o dinheiro onde o possais manejar para o benefício da causa de Deus. Mandai vossos tesouros adiante de vós para o Céu. TS2 166 2 Os membros da igreja devem-se colocar individualmente a si com todos os seus bens no altar de Deus. Agora, como nunca dantes, aplica-se a admoestação do Salvador: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouros nos Céus que nunca se acabem, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração." Lucas 12:33, 34. Os que estão empregando seus recursos em grandes casas, em terra, em empreendimentos mundanos, estão, por suas ações, dizendo: "Deus não os pode ter; quero-os para mim mesmo." Esses atam seu talento em um lenço, e escondem-no na terra. Há motivo para ficarem alarmados. Irmãos, Deus não vos confiou meios para ficarem ociosos, nem serem cobiçosamente retidos ou escondidos, mas para ser empregados no avançamento de Sua causa, para salvar as almas dos perdidos. Agora não é tempo para segurar o dinheiro do Senhor em vossos custosos edifícios e em grandes empreendimentos, ao passo que Sua obra fica prejudicada, deixada a mendigar para ir adiante, com o tesouro suprido pela metade. O Senhor não está nessa maneira de trabalhar. Lembrai-vos de que se aproxima rapidamente o dia em que se dirá: "Dá contas da tua mordomia." Não podeis discernir os sinais dos tempos? TS2 167 1 Cada dia que passa nos leva mais perto do último e grande, importante dia. Achamo-nos um ano mais perto do juízo, mais perto da eternidade, do que estávamos no começo de 1884. Estamos também nos aproximando mais de Deus? Estamos vigiando em oração? Outro ano de nosso tempo de labor rolou para a eternidade. Dia a dia temos estado no convívio de homens e mulheres que se encaminham para o juízo. Cada dia pode ter sido a linha divisória de uma alma; alguém pode ter tomado a decisão que lhe determinará o destino futuro. Qual tem sido nossa influência sobre esses companheiros de viagem? Que esforços desenvolvemos a fim de levá-los a Cristo? É solene viver TS2 167 2 Solene coisa é morrer, mas muito mais solene é viver. Todo pensamento e palavra e ato de nossa vida será novamente enfrentado. O que fazemos de nós mesmos no tempo da graça, isso havemos de permanecer por toda a eternidade. A morte traz a dissolução do corpo, mas não opera mudança no caráter. A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre, além da possibilidade de qualquer mudança. TS2 167 3 Apelo novamente para os membros da igreja, para que sejam cristãos, para que sejam semelhantes a Cristo. Jesus foi um obreiro, não para Si mesmo, mas para os outros. Trabalhou a fim de beneficiar e salvar os perdidos. Se sois cristãos, imitar-Lhe-eis o exemplo. Ele pôs o fundamento, e nós somos construtores juntamente com Ele. Que material, porém, estamos nós trazendo para colocar sobre esse fundamento? "A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um." 1 Coríntios 3:13. Se estais dedicando toda a vossa energia e talento às coisas deste mundo, a obra de vossa vida é representada pela madeira, feno, palha, a serem consumidos pelo fogo do último dia. O abnegado trabalho para Cristo, porém, e para a vida futura, será como o ouro, a prata e as pedras preciosas; é imperecível. TS2 168 1 Meus irmãos e irmãs, rogo-vos, despertai do sono da morte. É demasiado tarde para consagrar as forças do cérebro, dos ossos e dos músculos ao serviço do próprio eu. Não permitais que o derradeiro dia vos encontre destituídos do tesouro celeste. Procurai levar avante os triunfos da cruz, buscai esclarecer almas, trabalhar pela salvação de vossos semelhantes, e vosso trabalho resistirá à probante experiência do fogo. TS2 168 2 "Se a obra que alguém edificou... permanecer, esse receberá galardão." Gloriosa será a recompensa concedida quando os fiéis obreiros estiverem reunidos ao redor do trono de Deus e do Cordeiro. Quando João, em seu estado mortal, contemplou a glória de Deus, caiu como morto; não pôde suportar a visão. Quando, porém, o mortal se houver revestido da imortalidade, os remidos serão semelhantes a Jesus, pois tal como é O verão. Acham-se diante do trono, significando que estão aceitos. Todos os seus pecados estão apagados, tiradas todas as suas transgressões. Agora, podem olhar para a plena glória do trono de Deus. Participaram dos sofrimentos de Cristo, foram coobreiros Seus no plano da redenção, e partilham com Ele da alegria de ver almas salvas mediante sua instrumentalidade a louvarem a Deus por toda a eternidade. TS2 169 1 O terceiro anjo a voar pelo meio do céu, e anunciando os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus, representa nossa obra. A mensagem não perde nada de sua força no vôo progressivo do anjo; pois João o vê crescendo em resistência e poder até que a Terra inteira seja iluminada por sua glória. A carreira do povo que guarda os mandamentos de Deus é para a frente, sempre para a frente. A mensagem de verdade que levamos precisa ir a nações, línguas e povos. Ela irá em breve com grande voz, e a Terra será iluminada com sua glória. Estamos nós nos preparando para este grande derramamento do Espírito de Deus? -- Testimonies for the Church 5:383 (1885). TS2 169 2 Vi um quadro representando um bezerro entre um arado e um altar, com a inscrição: "Pronto para uma ou outra coisa" -- disposto a arfar no fatigante sulco, ou a sangrar no altar do sacrifício. Eis a posição em que se deve achar sempre o filho de Deus -- voluntário para ir aonde o chamar o dever, a negar a si mesmo, a sacrificar-se por amor da causa da verdade. A igreja cristã foi fundada sobre o princípio do sacrifício. "Se alguém quer vir após Mim", diz Cristo, "negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Lucas 9:20. Ele requer todo o coração, a afeição inteira. As manifestações de zelo, fervor e desinteressado serviço que Seus dedicados seguidores têm dado ao mundo, devem atear-nos o ardor e levar-nos a emular com seu exemplo. A religião genuína comunica uma sinceridade e firmeza de desígnio que molda o caráter segundo a imagem divina, e nos habilita a reputar todas as coisas como perda pela excelência de Cristo. Este propósito único demonstrar-se-á elemento de tremendo poder. -- Testimonies for the Church 5:307 (1885). ------------------------Capítulo 26 -- Josué e o anjo TS2 170 1 Pudesse ser erguido o véu que separa o mundo visível do invisível, e pudesse o povo de Deus contemplar o grande conflito que se trava entre Cristo e os santos anjos, e Satanás e suas hostes malignas, acerca da redenção do homem; pudesse compreender a maravilhosa obra de Deus em prol da salvação de almas da escravidão do pecado, e a constante operação de Seu poder para sua proteção da maldade do maligno, e estariam melhor preparados para resistir aos tramas de Satanás. Sentiriam no espírito uma impressão solene em vista da vasta extensão e importância do plano da redenção e da grandeza da obra que se lhes depara, como colaboradores de Cristo. Sentir-se-iam humilhados, todavia animados, sabendo que todo o Céu se acha interessado em sua salvação. TS2 170 2 Uma ilustração muito viva e impressionante da obra de Satanás e da de Cristo, e do poder de nosso Mediador para vencer o acusador de Seu povo, é dada na profecia de Zacarias. Em santa visão contempla o profeta a Josué, o sumo sacerdote, "vestido de vestidos sujos", diante do Anjo do Senhor, suplicando a misericórdia de Deus em favor de seu povo, que se acha em profunda aflição. Satanás acha-se a Sua mão direita, para Lhe resistir. Por isso que Israel fora escolhido para preservar na Terra o conhecimento de Deus, tinham sido eles desde quando vieram a existir como nação, o objeto especial da inimizade de Satanás, e ele determinara promover sua destruição. Não lhes podia ele fazer mal algum enquanto fossem obedientes a Deus; por isso envidara todo o seu poder e astúcia para os induzir ao pecado. Enganados por suas tentações, haviam transgredido a lei de Deus, separando-se assim da Fonte de sua força, tendo sido deixados a tornar-se presa de seus inimigos gentios. Foram levados em cativeiro para a Babilônia, e ali permaneceram por muitos anos. Entretanto, não foram abandonados pelo Senhor. Foram-lhes enviados Seus profetas, com repreensões e advertências. O povo foi desperto para reconhecer sua culpa, humilharam-se perante Deus e a Ele volveram com arrependimento verdadeiro. Então o Senhor lhes enviou mensagens de animação, declarando que os livraria do cativeiro e os restauraria ao Seu favor. Isso era o que Satanás estava resolvido a impedir. Já um remanescente de Israel voltara para sua terra, e procurava Satanás levar as nações pagãs, que eram agentes seus, a destruí-los por completo. TS2 171 1 Quando Josué roga humildemente o cumprimento das promessas de Deus, ergue-se Satanás ousadamente, para lhe resistir. Aponta para as transgressões de Israel como razão de não dever o povo ser restaurado ao favor de Deus. Reclama-os como presa sua, e requer que sejam entregues em suas mãos, para serem destruídos. TS2 171 2 O sumo sacerdote não se pode defender, nem ao seu povo, das acusações de Satanás. Não alega que Israel esteja livre de falta. Em suas vestes sujas, simbolizando os pecados do povo, com os quais ele arca como representante seu, está ele perante o anjo, confessando a falta deles, mas ao mesmo tempo alegando seu arrependimento e humilhação, confiando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado e, com fé, reclamando as promessas de Deus. "O Senhor te repreende" TS2 171 3 Então o Anjo, que é o próprio Cristo, o Salvador dos pecadores, reduz o silêncio o acusador do Seu povo, declarando: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias 3:2. Israel por muito tempo permanecera na fornalha da aflição. Por causa de seus pecados foram quase consumidos na chama acesa por Satanás e seus agentes, para sua destruição; mas Deus agora Se lançara à obra de os salvar. Penitentes e humilhados como se acham, o compassivo Salvador não abandona Seu povo ao cruel poder dos pagãos. "A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega." Isaías 42:3. TS2 172 1 Aceita a intercessão de Josué, é dada a ordem: "Tirai-lhe estes vestidos sujos", e a Josué declara o Anjo: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." "E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e o vestiram de vestidos." Zacarias 3:4, 5. Foram perdoados os seus próprios pecados e os do povo. Israel vestiu "vestidos novos" -- a justiça de Cristo imputada a eles. A mitra colocada sobre a cabeça de Josué era como a que usavam os sacerdotes, e trazia a inscrição: "Santidade ao Senhor", significando que, não obstante suas transgressões anteriores, achava-se ele agora habilitado a ministrar perante Deus em Seu santuário. TS2 172 2 Depois de assim o haver solenemente investido da dignidade do sacerdócio, declarou o Anjo: "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos, e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa, e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." V. 7. Seria ele honrado, como juiz ou administrador do templo e de todos os seus serviços; deveria andar entre os anjos assistentes, mesmo nesta vida, e no final unir-se à glorificada multidão ao redor do trono de Deus. TS2 172 3 "Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que Eu farei vir o Meu Servo, o Renovo." Aqui se revela a esperança de Israel. Foi pela fé no Salvador vindouro que Josué e seu povo receberam perdão. Pela fé em Cristo foram restaurados ao favor de Deus. Por virtude dos méritos de Cristo, se andassem nos Seus caminhos e guardassem os Seus estatutos, seriam "homens portentosos", honrados como escolhidos do Céu entre as nações da Terra. Cristo era sua esperança, sua defesa, sua justificação e redenção, como é Ele a esperança de Sua igreja hoje. Satanás o acusador TS2 173 1 Como Satanás acusou a Josué e seu povo, assim em todos os séculos acusa os que buscam a misericórdia e favor de Deus. No Apocalipse é ele declarado ser o "acusador de nossos irmãos", "o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite". Apocalipse 12:10. O conflito repete-se em relação a toda alma que é salva do poder do mal e cujo nome se acha registrado no livro da vida, do Cordeiro. Nunca ninguém é recebido da família de Satanás na família de Deus, sem suscitar a determinada resistência do maligno. As acusações de Satanás contra os que buscam o Senhor não são motivadas pelo desprazer em face de seus pecados. Ele exulta com os defeitos de seu caráter. Unicamente por causa de sua transgressão da Lei de Deus, pode ele alcançar poder sobre eles. Suas acusações advêm tão-somente de sua inimizade a Cristo. Mediante o plano da salvação, Jesus quebra o poder de Satanás sobre a família humana, salvando almas de suas garras. Todo o ódio e malignidade do arqui-rebelde é provocado, ao contemplar ele a evidência da supremacia de Cristo e com diabólico poder e astúcia opera para arrebatar dEle o remanescente dos filhos dos homens que aceitaram Sua salvação. TS2 173 2 Leva ele homens ao ceticismo, fazendo-os perderem a confiança em Deus e separarem-se de Seu amor; tenta-os a quebrantarem Sua lei, reclamando-os então como cativos seus, e contestando o direito de Cristo, de lhos arrebatar. Sabe ele que os que buscam sinceramente de Deus o perdão e a graça os hão de obter; por isso apresenta perante eles os seus pecados, a fim de os desanimar. Está constantemente buscando ocasião contra os que procuram obedecer a Deus. Mesmo seus melhores e mais aceitáveis serviços busca ele fazer que se afigurem corruptos. Por estratagemas sem-número, os mais sutis e mais cruéis, empenha-se em conseguir a condenação deles. TS2 173 3 Não pode o homem por si mesmo defender-se dessas acusações. Em suas vestes manchadas de pecado, confessando sua culpa, ei-lo perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta um eficaz rogo em favor de todos os que, mediante arrependimento e fé, a Ele confiaram a guarda de sua alma. Defende-lhes a causa e derrota seu acusador, com os poderosos argumentos do Calvário. Sua perfeita obediência à lei de Deus, mesmo até à morte de cruz, conferiu-Lhe todo o poder no Céu e na Terra, e Ele pleiteia de Seu Pai misericórdia e reconciliação para o homem culpado. Ao acusador de Seu povo diz ele: "'O Senhor te repreende, ó Satanás'. Estes são a aquisição de Meu sangue, tições apanhados do fogo." Os que com fé nEle confiarem, receberão a confortadora certeza: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." TS2 174 1 Todos os que vestiram as vestes da justiça de Cristo, estarão perante Ele como escolhidos, fiéis e verdadeiros. Satanás não tem poder para arrancá-los da mão de Cristo. Nenhuma alma que com penitência e fé reclamou Sua proteção, permitirá Cristo que passe para o poder do inimigo. Está empenhada Sua palavra: "Que se apodere da Minha força, e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo." Isaías 27:5. A todos é feita a promessa dada a Josué: "Se observares as Minhas ordenanças,... te darei lugar entre os que estão aqui." Zacarias 3:7. Anjos de Deus andarão a ambos os lados seus, mesmo neste mundo, e no final estarão entre os anjos que circundam o trono de Deus. TS2 174 2 O serem os reconhecidos filhos de Deus representados como estando na presença do Senhor com vestes sujas, deve levar à humildade e profunda esquadrinhação do coração, por parte de todos os que Lhe professam o nome. Os que estão de fato purificando a alma mediante a obediência da verdade, terão de si mesmos uma opinião muito humilde. Quanto mais de perto virem o imaculado caráter de Cristo, tanto mais forte será o seu desejo de serem conformados à Sua imagem, e tanto menos verão eles de pureza ou santidade em si mesmos. Mas, conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, devemos confiar em Cristo como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos contestar as acusações de Satanás contra nós. Cristo, unicamente, pode pleitear eficazmente em nosso favor. Ele é capaz de silenciar o acusador com argumentos baseados não em nossos méritos mas nos Seus. TS2 175 1 Entretanto, não devemos nunca estar satisfeitos com uma vida pecaminosa. É um pensamento que deve despertar os cristãos a um maior zelo e fervor na luta contra o mal, esse de que cada defeito de caráter, cada ponto no qual deixam de satisfazer a norma divina, é uma porta aberta pela qual Satanás pode entrar a fim de tentá-los e destruí-los; e, demais, que cada falha e defeito de sua parte, dá ao tentador e seus agentes ocasião para vituperar a Cristo. Devemos exercer todas as energias da alma na obra de vencer, e buscar de Jesus a força para fazer o que por nós mesmos não podemos fazer. TS2 175 2 Pecado algum pode ser tolerado naqueles que hão de andar com Cristo, em vestes brancas. Terão de ser removidos os vestidos sujos, e colocadas sobre nós as vestes da justiça de Cristo. Pelo arrependimento e fé somos habilitados a prestar obediência a todos os mandamentos de Deus, e somos achados sem mácula perante Ele. Os que hão de receber a aprovação de Deus estão agora afligindo a alma, confessando os pecados, e suplicando fervorosamente o perdão, por Jesus seu Advogado. NEle está fixada sua atenção; suas esperanças, sua fé nEle se centralizam, e ao ser dada a ordem: "Tirai-lhe estes vestidos sujos, e ponde-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça", acham-se preparados para Lhe dar toda a glória por sua salvação. A igreja remanescente TS2 175 3 A visão de Zacarias, relativa a Josué e ao Anjo, aplica-se com força particular à experiência do povo de Deus no remate do grande dia da expiação. A igreja remanescente será levada a grande prova e aflição. Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, sentirão a ira do dragão e suas hostes. Satanás conta o mundo como súdito seu, ele adquiriu domínio sobre as igrejas apóstatas; mas ali está um pequeno grupo que lhe resiste à supremacia. Caso os pudesse desarraigar da Terra, completo seria o seu triunfo. Como ele influenciou as nações pagãs para destruir Israel, assim, em próximo futuro há de incitar os ímpios poderes da Terra para destruir o povo de Deus. De todos será exigido que prestem obediência a editos humanos em violação da lei divina. Os que forem fiéis a Deus e ao dever, serão ameaçados, denunciados e proscritos. Serão traídos "até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos". TS2 176 1 Sua única esperança está na misericórdia de Deus, sua única defesa será a oração. Como Josué pleiteou diante do Anjo, assim a igreja remanescente, com coração quebrantado e fervorosa fé, pleiteará o perdão e livramento por meio de Jesus, seu Advogado. Acham-se plenamente cônscios da pecaminosidade de sua vida, vêem sua fraqueza e indignidade, e ao olharem a si mesmos, ficam a ponto de desesperar. O tentador está ao seu lado para os acusar, como esteve ao lado de Josué, para lhe resistir. Aponta às suas vestes imundas, seu caráter defeituoso. Apresenta sua fraqueza e descaminhos, seus pecados de ingratidão, sua dessemelhança de Cristo, a qual desonrou seu Redentor. Esforça-se por assustar a alma com o pensamento de que seu caso não tem esperança, que a mancha de seu pecado jamais será lavada. Tem esperança de assim destruir-lhes a fé, para que cedam a suas tentações, volvam costas à sua aliança com Deus e recebam o sinal da besta. TS2 176 2 Satanás insiste perante Deus com suas acusações contra eles, declarando que por seus pecados perderam o direito à proteção divina, e reclamando o direito de destruí-los como transgressores. Pronuncia-os tão merecedores como ele mesmo, de exclusão do favor de Deus. "São estas", diz ele, "as pessoas que hão de tomar meu lugar no Céu e o lugar dos anjos que se uniram a mim? Embora professem obedecer à lei de Deus, têm porventura guardado os seus preceitos? Não têm sido amantes de si mesmos, mais do que de Deus? Não colocaram seus próprios interesses acima do Seu serviço? Não amaram as coisas do mundo? Eis os pecados que lhes assinalaram a vida. Eis o seu egoísmo, sua maldade, seu ódio uns para com os outros." TS2 177 1 O povo de Deus tem sido, em muitos respeitos, muito faltoso. Satanás possui um exato conhecimento dos pecados que ele os tentou a cometerem, e apresenta esses pecados como exageradamente graves, declarando: "Há de Deus banir-me e aos meus anjos de Sua presença, e contudo recompensar os que são culpados dos mesmos pecados? Não podes, ó Senhor, isso fazer com justiça. Teu trono não se achará baseado em justiça e juízo. A justiça requer que seja pronunciada sentença contra eles." TS2 177 2 Mas, conquanto os seguidores de Cristo tenham cometido pecado, não se entregaram ao domínio do mal. Abandonaram os pecados e buscaram o Senhor com humildade e contrição, e o Divino Advogado pleiteia em seu favor. Aquele que mais maltratado foi por sua ingratidão, que conhece os seus pecados e também seu arrependimento, declara: "'O Senhor te repreende, ó Satanás'. Eu dei a vida por essas almas. Acham-se gravadas nas palmas das Minhas mãos." TS2 177 3 Os assaltos de Satanás são fortes, terríveis os seus enganos; mas os olhos do Senhor estão sobre o Seu povo. Grande é sua aflição, as chamas da fornalha parecem prestes a consumi-los; mas Jesus os fará sair como ouro provado no fogo. Tem de ser removida sua tendência terrena, a fim de que reflitam perfeitamente a imagem de Cristo; têm de vencer a incredulidade, e desenvolver a fé, esperança e paciência. TS2 177 4 O povo de Deus suspira e geme pelas abominações cometidas na Terra. Com lágrimas advertem os ímpios de seu perigo em pisar a pés a lei divina, e com indescritível pesar humilham-se perante o Senhor, por causa de suas próprias transgressões. Os ímpios escarnecem de sua tristeza, ridicularizam seus solenes apelos e zombam do que chamam sua fraqueza. Mas a angústia e humilhação do povo de Deus é inequívoca evidência de estarem recuperando a força e nobreza de caráter perdidas em conseqüência do pecado. É por se estarem aproximando mais de Cristo, e terem os olhos fitos em Sua pureza perfeita, que discernem tão claramente a grande malignidade do pecado. Sua contrição e humilhação própria são infinitamente mais aceitáveis à vista de Deus, do que o é o espírito presunçoso e altivo dos que não vêem motivo para lamentos, que escarnecem da humildade de Cristo e que pretendem ser perfeitos, ao passo que transgridem a santa lei de Deus. Mansidão e humildade de coração são as condições de força e vitória. A coroa de glória aguarda aos que se prostram ao pé da cruz. Bem-aventurados são esses que assim choram, porque serão consolados. TS2 178 1 Os fiéis e devotos estão, por assim dizer, com Deus, no mesmo recinto. Eles mesmos não sabem quão seguramente se acham escudados. Instados por Satanás, os governantes deste mundo procuram destruí-los; mas pudessem ser abertos os seus olhos, como o foram os do servo de Eliseu em Dotã, e veriam os anjos de Deus acampados em redor deles, e mantendo em xeque as hostes das trevas, por seu fulgor e glória. As vestes da justiça de Cristo TS2 178 2 Ao afligir o povo de Deus suas almas perante Ele, suplicando pureza de coração, é dada a ordem: "Tirai-lhes os vestidos sujos", e proferem-se as palavras animadoras: "Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos." As imaculadas vestes da justiça de Cristo são colocadas sobre os provados, tentados mas fiéis filhos de Deus. Os desprezados remanescentes são vestidos de vestes gloriosas, que nunca mais serão manchadas pelas corrupções do mundo. Seus nomes são retidos no livro da vida, do Cordeiro, registrados entre os fiéis de todos os séculos. Resistiram aos ardis do enganador; não foram demovidos de sua lealdade pelos rugidos do dragão. Acham-se agora eternamente seguros dos ardis do tentador. Seus pecados são transferidos para o originador do pecado. TS2 179 1 E os remanescentes são não só perdoados e aceitos, mas também honrados. Uma "mitra limpa" é-lhes colocada sobre a cabeça. Serão como reis e sacerdotes para Deus. Enquanto Satanás instava com suas acusações, e buscava destruir esse grupo, santos anjos, invisíveis, passavam para cá e para lá, colocando sobre eles o selo do Deus vivo. Estes são os que se acharão sobre o Monte Sião com o Cordeiro, tendo escrito na fronte o nome do Pai. Cantam ante o trono o novo cântico, aquele cântico que homem algum pode aprender a não ser os cento e quarenta e quatro mil, que foram remidos da Terra. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus." Apocalipse 14:4, 5. TS2 179 2 Agora atingem cumprimento completo aquelas palavras do Anjo: "Ouve, pois Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que Eu farei vir o Meu Servo, o Renovo." Cristo é revelado como o Redentor e Libertador de Seu povo. Agora, efetivamente, são os remidos "homens portentosos", quando as lágrimas e humilhações de sua peregrinação cederam lugar ao gozo e honra na presença de Deus e do Cordeiro. "Naquele dia o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória, e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel. E será que aquele que ficar em Sião e o que permanecer em Jerusalém, será chamado santo; todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém." Isaías 4:2, 3. ------------------------Capítulo 27 -- A importância do Sábado TS2 180 1 Os que ocupam posições de responsabilidade devem cuidar que suas palavras e exemplos sejam de modo a levar o povo a corrigir seus pontos de vista e costumes. Devem cuidar que de maneira alguma amesquinhem os reclamos de Deus. Porque o quarto mandamento é tão geralmente desconsiderado, devemos ser tanto mais zelosos e decididos em buscar honrar esse preceito da santa lei de Deus. A terceira mensagem angélica é que devemos apresentar ao mundo. Nisto tem Deus uma prova para nós, e se atingirmos a norma, seremos um povo peculiar. TS2 180 2 Quem quer que obedeça ao quarto mandamento, verificará que está traçada uma linha divisória entre ele e o mundo. O sábado é uma prova, não uma exigência humana, mas a prova de Deus. É aquilo que distinguirá os que servem a Deus dos que não O servem; e em torno deste ponto sobrevirá o derradeiro e grande conflito da luta entre a verdade e o erro. TS2 180 3 Geralmente, entre nosso povo nesses reinos, o sábado não tem ocupado a exaltada posição em que Deus o colocou. O mundo é o instrumento que peneira a igreja e prova a genuinidade de seus membros. O mundo oferece engodos que, uma vez aceitos colocam o crente de modo que sua vida não se acha em harmonia com a fé que professa. Sociedade com os incrédulos TS2 180 4 Alguns de nossos irmãos empenhados em negócios, não têm guardado o sábado segundo o mandamento. Uns têm mantido sociedade com incrédulos, e a influência desses sócios violadores do sábado tem tido sua influência sobre eles. Alguns têm sido tão cegados, que não discernem o perigo de tais ligações, mas esse perigo é simplesmente maior pelo fato de não ser percebido. Ao passo que um sócio professa observar o sábado, o outro, com os empregados no serviço, continuam com o negócio da firma. O observador do sábado, conquanto não esteja exteriormente empenhado no trabalho, não pode desviar o pensamento dos assuntos comerciais. Se bem que talvez se esforce por guardar o sábado, não o guarda. O Senhor o considera transgressor. TS2 181 1 Mesmo em relações de negócios, não podemos, sem envolver princípios, unir-nos com os que não são leais a Deus. O que um sócio pensa ser proibido pela consciência, o outro permite. E isto, não somente em questões religiosas, mas nas transações de negócios. Um age por motivos egoístas, sem consideração para com a lei de Deus ou a salvação da alma; e se o outro ama sinceramente a Deus e a verdade, ou deve haver sacrifício de princípios, ou freqüentes e penosas desinteligências. TS2 181 2 Exigirá contínua luta o resistir à influência mundana e ao exemplo de seu associado profano. Ele tem grandes dificuldades a enfrentar; pois colocou-se no terreno do inimigo. A única orientação segura, é dar ouvidos à inspirada recomendação: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" "Saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei." 2 Coríntios 6:14, 17. Ir à escola no Sábado TS2 181 3 Alguns dentre nosso povo têm mandado os filhos à escola no sábado. Não eram obrigados a fazer isto, mas as autoridades escolares objetaram ao recebimento das crianças a menos que freqüentassem durante os seis dias. Em algumas dessas escolas, os alunos são instruídos, não somente nas matérias regulares de estudo, mas em fazer várias espécies de trabalho; e os filhos de professos observadores dos mandamentos têm sido mandados ali no sábado. Alguns pais têm procurado justificar sua conduta citando as palavras de Cristo, que é lícito fazer bem no dia de sábado. Mas o mesmo raciocínio poderia demonstrar que os homens podiam trabalhar aos sábados, porque precisam ganhar o pão para os filhos; e não há limite, nenhuma linha divisória a mostrar o que deve ou não deve ser feito. TS2 182 1 Houvessem esses prezados irmãos possuído mais espiritualidade, houvessem eles avaliado o caráter obrigatório da lei de Deus, como cada um de nós deve fazê-lo, teriam conhecido seu dever, e não estariam a andar em trevas. Bem duro lhes foi ver que deviam tomar outra direção. Mas Deus não consulta nossas conveniências no que respeita a Seus mandamentos. Espera que os obedeçamos e ensinemos a nossos filhos. Temos diante de nós o exemplo de Abraão, o pai dos fiéis. Diz o Deus do Céu: "Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor." Gênesis 18:19. E foi por isto que foram proferidas tão grandes bênçãos sobre ele e sua posteridade. TS2 182 2 Nossos irmãos não podem esperar a aprovação de Deus enquanto põem seus filhos onde lhes é impossível obedecer ao quarto mandamento. Devem esforçar-se para fazer com as autoridades arranjos pelos quais as crianças sejam dispensadas das aulas no sétimo dia. Uma vez que isto falhe, então é patente o seu dever -- obedecer os mandamentos de Deus, custe o que custar. Em alguns lugares da Europa Central, há pessoas que têm sido multadas e aprisionadas por não mandarem os filhos à escola aos sábados. Em certo lugar, depois de um irmão haver declarado positivamente a fé que professava, chegou a sua porta um oficial de justiça, e obrigou as crianças a irem para a escola. Os pais deram-lhes uma Bíblia em lugar dos habituais compêndios escolares, e passaram o tempo a estudá-la. Mas onde quer que seja possível, nosso povo deve estabelecer escolas próprias. Onde não puderem fazer, devem mudar-se quanto antes para um lugar onde possam guardar livremente os mandamentos de Deus. A prova da lealdade TS2 183 1 Alguns argumentarão que o Senhor não é tão exigente em Seus preceitos; que não é seu dever guardar o sábado estritamente com tão grande prejuízo, ou se colocarem em conflito com as leis da Terra. É porém, justamente aí o ponto em que sobrevirá a prova, a ver se honraremos a lei de Deus acima das exigências dos homens. Isto é o que fará distinção entre os que honram a Deus e os que O desonram. É nisto que devemos provar nossa lealdade. A história do trato de Deus com Seu povo em todos os séculos, mostra que Ele exige exata obediência. TS2 183 2 Quando o anjo destruidor estava para passar pela terra do Egito, e ferir o primogênito, tanto do homem como dos animais, os israelitas foram instruídos a pôr seus filhos consigo dentro de casa, e pôr sangue nas ombreiras da porta, e ninguém devia sair de casa; pois todos quantos fossem encontrados entre os egípcios seriam destruídos com eles. Imaginemos que um israelita houvesse negligenciado pôr o sinal do sangue na porta, dizendo que o anjo de Deus poderia distinguir entre os hebreus e os egípcios; haveriam as sentinelas celestes parado para guardar aquela morada? Devemos tomar para nós essa lição. TS2 183 3 Outra vez deve o anjo destruidor passar pela Terra. Deve haver um sinal sobre o povo de Deus, e esse sinal é a observância de Seu santo sábado. Não podemos seguir a própria vontade e juízo, e lisonjear-nos de que Deus satisfará às condições que impomos. Ele prova nossa fé dando-nos alguma parte a desempenhar em relação com Sua interposição em nosso favor. Aos que satisfazem as condições, serão cumpridas Suas promessas; mas todos quantos se arriscam a afastar-se de Suas instruções para seguir o caminho de sua escolha, perecerão juntamente com os ímpios quando a Terra for visitada por Seus juízos. TS2 184 1 Caso os pais permitam seus filhos se educarem com o mundo, e tornarem o sábado um dia comum, então o selo de Deus não pode ser colocado sobre eles. Serão destruídos com o mundo; e não cairá seu sangue sobre os pais? Mas se ensinamos fielmente os mandamentos de Deus a nossos filhos, se os trazemos à sujeição da autoridade paterna, e depois, com fé e oração os confiamos a Deus, Ele cooperará com os nossos esforços; pois assim o prometeu. E ao passar o dilúvio do açoite pela Terra, juntamente conosco eles se poderão ocultar no secreto do pavilhão do Senhor. Escrupulosa observância do Sábado TS2 184 2 Deus tirou Seu povo Israel do Egito a fim de poderem observar o Seu sábado, e deu-lhes especiais direções quanto à maneira de o guardar. Os Dez Mandamentos proferidos por Sua própria voz no Sinai, e as instruções dadas a Moisés, foram registradas para benefício de todos quantos vivessem na Terra até ao fim do tempo. Deus deu ao homem seis dias de trabalho, mas reservou o sétimo para Si, e proferiu uma bênção sobre os que o guardam e santificam. TS2 184 3 O dia anterior ao sábado deve ser feito dia de preparação, para que tudo esteja pronto para suas horas sagradas. "O que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água." "Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor." Êxodo 16:23. TS2 184 4 A misericórdia divina deu direção para que os doentes e sofredores fossem cuidados; o trabalho exigido para lhes prover conforto, é um trabalho de necessidade, e não violação do sábado. Mas todo serviço desnecessário deve ser evitado. Muitos adiam negligentemente até ao começo do sábado pequeninas coisas que deviam ter sido feitas no dia de preparação. Isto não se deve fazer. Todo trabalho negligenciado até ao começo do sábado deve ficar por fazer até que ele haja passado. TS2 185 1 Cumpre guardar palavras e pensamentos. Os que discutem assuntos de negócios e fazem planos no sábado, são considerados por Deus como se se empenhassem em reais transações de negócios. Para santificar o sábado, não devemos sequer permitir que nossa mente se detenha em coisas de caráter secular. TS2 185 2 O domingo é geralmente tornado um dia de festa e de busca de prazer; mas o Senhor quer que Seu povo dê ao mundo exemplo mais elevado e santo. No sábado deve haver uma solene consagração da família a Deus. O mandamento inclui todos quantos se encontram dentro de nossas portas; todos os moradores da casa devem pôr de parte suas ocupações seculares, e empregar as horas sagradas em devoção. Unam-se todos para honrar a Deus em um culto deleitoso em Seu santo dia. ------------------------Capítulo 28 -- Guardar os interesses dos irmãos TS2 186 1 Por seus votos batismais todo membro da igreja se comprometeu solenemente a guardar os interesses dos irmãos. Todos serão tentados a se apegar aos próprios e acariciados planos e idéias, os quais lhes parecem sãos; deviam, porém, vigiar e orar, e esforçar-se ao máximo de sua capacidade, por edificar o reino de Jesus no mundo. Deus requer de todo cristão, tanto quanto estiver ao seu alcance, que desvie de seus irmãos e irmãs toda influência que tenda no mínimo que for, a dividi-los, ou separar seus interesses da obra para nossos dias. Deve não somente ter consideração pelos próprios interesses espirituais, mas manifestar preocupação pelas almas daqueles com quem está relacionado; e deve, por Cristo, possuir influência refreadora sobre os outros membros da igreja. Suas palavras e comportamento devem influenciá-los a seguir o exemplo de Cristo na abnegação, no sacrifício e no amor por outros. TS2 186 2 Caso haja na igreja alguém que exerça influência contrária ao amor e à desinteressada beneficência que Cristo manifestou por nós, que puxa em sentido contrário ao de seus irmãos, homens fiéis devem tratar desses casos com sabedoria, trabalhando pela alma deles, cuidando todavia que sua influência não levede outros, e que a igreja não seja desviada por seu desafeto ou suas falsas informações. Alguns estão cheios de presunção. Há uns poucos que eles julgam corretos, mas questionam e criticam todos os atos dos outros. Tais pessoas não devem ser deixadas a pôr em risco os interesses da igreja. A fim de elevar o nível moral da mesma, cada um deve sentir ser seu deve buscar a própria cultura espiritual, mediante a prática de estritos princípios bíblicos, como na presença de um Deus Santo. TS2 187 1 Que todo membro da igreja sinta dever ele próprio estar com sua vida em ordem com Deus, que ele precisa ser santificado pela verdade. Então, poderá representar perante os outros o caráter cristão, e dar um exemplo de desinteresse. Se cada um assim fizer, a igreja crescerá em espiritualidade e em favor para com Deus.... TS2 187 2 Aproximamo-nos do fim do tempo. Abundantes serão as provações de fora, mas não permitais que venham de dentro da igreja. Negue o professo povo de Deus a si mesmo por amor da verdade, por amor de Cristo. "Porque todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal." 2 Coríntios 5:10. Todo aquele que ama deveras a Deus, terá o espírito de Cristo, e fervente amor por seus irmãos. Quanto mais o coração de urna pessoa estiver em comunhão com Deus, e quanto mais suas afeições se concentrarem em Cristo, tanto menos ela se perturbará com as asperezas e vicissitudes que encontrar nesta vida. Os que estão crescendo até à estatura de homens e mulheres em Cristo Jesus, tornar-se-ão mais e mais semelhantes a Cristo em caráter, erguendo-se acima da disposição para murmurar e estar descontentes. Olharão com desprezo a possibilidade de serem críticos.... Tempo de "vigiar e orar" TS2 187 3 Vivemos em um tempo em que todos devem especialmente dar ouvidos à recomendação do Salvador: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação." Mateus 26:41. Conserve cada um em mente que ele deve ser verdadeiro e leal a Deus, crendo na verdade, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus Cristo. O convite do Salvador, é: "Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas." Mateus 11:29. O Senhor está disposto a ajudar-nos, a fortalecer-nos e abençoar-nos; importa, porém, que passemos pelo processo de purificação até que todas as impurezas de nosso caráter sejam consumidas. Todo membro da igreja será submetido à fornalha, não para consumir, mas para purificar. TS2 188 1 O Senhor tem operado entre vós, mas Satanás também se tem insinuado, para introduzir o fanatismo. Há outros males ainda a serem evitados. Alguns estão em risco de ficar satisfeitos com os vislumbres que têm tido da luz e do amor de Deus, cessando, portanto, de avançar. A vigilância e a oração não têm sido mantidas. Ao próprio tempo em que se faz a aclamação: "Templo do Senhor, templo do Senhor é este" (Jeremias 7:4), entram tentações, e as trevas se adensam ao redor da alma -- mundanidade, egoísmo e exaltação própria. Há necessidade de que o próprio Senhor comunique Suas idéias à alma. Que pensamento! -- que em lugar de nossas pobres idéias e planos acanhados, terrenos, o Senhor nos comunique Suas idéias, Seus pensamentos nobres, largos, de vasto alcance, sempre conducentes para o Céu! TS2 188 2 Eis vosso perigo, em deixar de avançar "para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Filipenses 3:14. Deu-vos Deus luz? Sois então responsáveis por essa luz; não meramente enquanto esses raios estão brilhando sobre vós mas por tudo quanto ela vos tem revelado no passado. Cumpre-vos entregar vossa vontade a Deus diariamente; deveis andar na luz, e esperar mais; pois a luz do querido Salvador tem de resplandecer em mais brilhantes raios, mais distintos, entre a treva moral, aumentando mais e mais em intensidade até ao dia perfeito. TS2 188 3 Estão todos os membros de vossa igreja procurando colher novo maná cada manhã e cada tarde? Estais buscando a iluminação divina? ou estais imaginando meios pelos quais vos podeis glorificar? Estais, de toda a vossa alma, forças, mente e poder, amando e servindo a Deus em beneficiar a outros ao vosso redor por conduzi-los à Luz do mundo? Estais satisfeitos com as bênçãos passadas? ou estais andando como Cristo andou, trabalhando como Ele trabalhou, revelando-O ao mundo em vossas palavras e atos? Estais vós, como filhos obedientes, vivendo vida pura e santa? Cristo tem de ser introduzido em vosso viver. Unicamente Ele vos pode curar da inveja das ruins suspeitas contra os irmãos; Ele somente pode tirar o espírito presunçoso que alguns de vós acariciam, para seu próprio detrimento espiritual. Jesus tão-somente vos pode fazer sentir vossa fraqueza, ignorância, vossa natureza corrupta. Só Ele vos pode tornar puros, refinados, habilitar-vos para as mansões dos bem-aventurados. TS2 189 1 "Em Deus faremos proezas." Salmos 60:12. Quanto bem podeis fazer sendo leais a Deus e a vossos irmãos, reprimindo todo pensamento destituído de bondade, todo sentimento de inveja ou presunção! Encha-se vossa vida do ministério da bondade para com os outros. Não sabeis quão cedo podereis ser chamados a depor vossa armadura. A morte pode colher-vos de repente, sem vos dar tempo de preparar-vos para a última mudança, nenhuma força física ou poder mental para fixar em Deus os pensamentos, e fazer paz com Ele. Alguns saberão em breve, por experiência, quão vão é o auxílio do homem, quão inútil é a justiça presunçosa com que se têm satisfeito. Nosso dia de privilégio TS2 189 2 Sinto-me solicitada pelo Espírito do Senhor a dizer-vos que agora é vosso dia de privilégio, de confiança, de bênção. Aproveitá-lo-eis? Estais trabalhando para a glória de Deus, ou por interesses egoístas? Estais mantendo diante dos olhos de vosso espírito lisonjeiras perspectivas de êxito mundano, pelo qual podereis obter a satisfação do próprio eu e o ganho financeiro? Se assim é, sereis amargamente decepcionados. Se, porém, buscais viver vida pura e santa, aprender diariamente na escola de Cristo as lições que Ele vos convidou a aprender, a ser mansos e humildes de coração, tendes então uma paz que circunstância alguma terrena pode mudar. TS2 189 3 A vida em Cristo é uma vida de descanso. Desassossego, descontentamento, mal-estar, revelam a ausência do Salvador. Se Jesus for introduzido na vida, essa vida encher-se-á de obras boas e nobres para o Mestre. Esquecer-vos-eis de cuidar em servir ao próprio eu, e vivereis cada vez mais perto do querido Salvador; vosso caráter tornar-se-á semelhante ao de Cristo, e todos quantos vos rodeiam conhecerão que estivestes com Jesus e dEle aprendestes. Cada um possui em si mesmo a fonte da própria felicidade, ou infortúnio. Se ele quiser, poderá erguer-se acima da impressões baixas, sentimentais, que constituem a vida de muitos; mas enquanto ele for cheio de si mesmo, o Senhor nada poderá fazer em seu benefício. Satanás apresentará ambiciosos projetos para estontear os sentidos, mas cumpre-nos conservar sempre diante de nós "o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Filipenses 3:14. Amontoai nesta vida todas as boas obras que puderdes. "E os entendidos pois resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente." Daniel 12:3. TS2 190 1 Caso nossa vida seja cheia de santa fragrância, se honrarmos a Deus tendo bons pensamentos para com os outros, e bons atos para beneficiá-los, não importa se vivemos em uma modesta casinha, ou num palácio. Pouco têm que ver as circunstâncias com as experiências da alma. É o espírito nutrido o que dá colorido a todas as nossas ações. Uma pessoa em paz com Deus e seus semelhantes não pode ser infeliz. Em seu coração não há lugar para a inveja; tampouco para as ruins suspeitas; o ódio não pode existir. O coração em harmonia com Deus eleva-se acima dos aborrecimentos e provas desta vida. TS2 190 2 Mas um coração em que não há a paz de Cristo, é descontente, infeliz; a pessoa vê defeitos em tudo, e ocasionaria discórdia na mais celestial das músicas. Uma vida de egoísmo é uma vida cheia do mal. Aqueles cujo coração se acha cheio do amor de si mesmos, armazenarão maus pensamentos para com seus irmãos, e falarão contra os instrumentos de Deus. As paixões mantidas ardentes, violentas, pelas sugestões de Satanás, são fonte amarga jorrando sempre amargosas correntes para envenenar a vida de outros.... TS2 190 3 Que todo aquele que professa seguir a Cristo, estime-se em menos e aos outros em mais. Avançai juntos, avançai juntos! Na união há força e vitória; na discórdia e divisão, fraqueza e derrota. Estas palavras me foram dirigidas do Céu. Como embaixadora de Deus, eu vo-la digo. TS2 191 1 Busquem todos, um por um, atender a oração de Cristo: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti." Oh! que união essa! e Cristo diz: "Nisto todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." João 17:21; 13:35. TS2 191 2 Quando a morte reclama um de nosso número, que lembranças nos ficam do tratamento recebido por ele? São os quadros pendurados nas paredes da memória aprazíveis para neles nos determos? São eles recordações de bondosas palavras proferidas, ou de simpatia dispensada ao devido tempo? Repeliram acaso seus irmãos as ruins suspeitas de indiscretos intrigantes? Defenderam-lhe a causa? Foram eles fiéis à inspirada recomendação: "Consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos"? 1 Tessalonicenses 5:14. "Eis que ensinaste a muitos, e esforçaste as mãos fracas." Jó 4:3. "Confortai as mãos fracas, e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos, não temais." Isaías 35:3, 4. TS2 191 3 Quando aqueles com quem nos associamos na igreja estão mortos, quando sabemos que seu relatório nos livros do Céu está fixado, e que eles devem enfrentar esse registro no juízo, quais são as reflexões de seus irmãos quanto à atitude que tiveram para com eles? Qual foi sua influência sobre eles? Quão claramente é invocada agora toda palavra áspera, toda ação desavisada! Quão diferentemente se conduziriam, caso tivessem outra oportunidade! TS2 191 4 O apóstolo Paulo deu graças a Deus pelo conforto a ele dado na dor, dizendo: "Bendito seja o Deus e Pai... de toda a consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus." 2 Coríntios 1:3, 4. À medida que Paulo sentia o conforto e calor do amor de Deus penetrando em sua alma, refletia a bênção sobre os outros. Disponhamos de tal maneira nossa conduta, que os quadros pendurados nas paredes de nossa memória não sejam de tal sorte que não suportemos refletir sobre eles. TS2 192 1 Depois que aqueles com quem convivemos estiverem mortos, jamais haverá oportunidade de retirar qualquer palavra a eles dirigida, ou de apagar da lembrança qualquer dolorosa impressão. Atentemos pois para os nossos caminhos, para que não ofendamos a Deus com nossos lábios. Seja afastada toda frieza e desinteligência. Abrande-se o coração em ternura diante de Deus, ao Lhe recordarmos o misericordioso trato para conosco. Permiti que o Espírito de Deus, qual chama santa, consuma todo lixo empilhado à porta do coração, e deixai Jesus entrar; então, Seu amor fluirá para os outros por nosso intermédio em ternas palavras, e pensamentos e ações. Então, se a morte nos separar de nossos amigos, para não mais nos encontrarmos até que nos achemos perante o tribunal de Deus, não nos envergonharemos ao ver aparecer o registro de nossas palavras. TS2 192 2 Quando a morte cerra os olhos, e as mãos se dobram sobre o peito silencioso, quão pronto mudam os sentimentos de desinteligência! Não há má vontade nem amargura; as desatenções e as injustiças são perdoadas, esquecidas. Quantas palavras de amor são ditas acerca do morto! Quantas boas coisas em sua vida são evocadas! Louvores e boas apreciações são agora francamente expressas; caem, porém, em ouvidos que nada ouvem, coração que já não sente. Houvessem essas palavras, sido ditas quando o fatigado espírito tanto delas carecia, quando os ouvidos as podiam escutar e o coração sentir, que aprazível quadro haveria sido deixado na memória! Quantos, ao estarem respeitosos e em silêncio ao pé de um morto, recordam com vergonha e dor as palavras e atos que causaram tristeza ao coração agora para sempre quieto! Tragamos agora toda beleza, amor e bondade que nos for possível, à nossa vida. Sejamos considerados, agradecidos, pacientes e longânimos em nossas relações uns com os outros. Que os pensamentos e sentimentos que encontram expressão em tomo do moribundo e do morto sejam introduzidos no convívio diário com nossos irmãos e irmãs em vida. ------------------------Capítulo 29 -- O comportamento na casa de Deus TS2 193 1 Para a alma crente e humilde, a casa de Deus na Terra é como que a porta do Céu. Os cânticos de louvor, a oração, a palavra ministrada pelos embaixadores do Senhor, são os meios que Deus proveu para preparar um povo para a assembléia lá do alto, para aquela reunião sublime à qual coisa nenhuma que contamine poderá ser admitida. TS2 193 2 Da santidade atribuída ao santuário terrestre, os cristãos devem aprender como considerar o lugar onde o Senhor Se propõe encontrar-Se com Seu povo. Houve uma grande mudança, não para melhor mas para pior, nos hábitos e costumes do povo com relação ao culto religioso. As coisas sagradas e preciosas, destinadas a prender-nos a Deus, estão quase perdendo sua influência sobre nosso espírito e coração, sendo rebaixadas ao nível das coisas comuns. A reverência que o povo antigamente revelava para com o santuário onde se encontrava com Deus, em serviço santo, quase deixou de existir completamente. Entretanto, Deus mesmo deu as instruções para Seu culto, elevando-o acima de tudo quanto é terreno. TS2 193 3 A casa é o santuário da família; e o aposento ou a floresta o lugar mais recôndito para o culto individual; mas a igreja é o santuário da congregação. Devem existir aí regulamentos quanto ao tempo, lugar e maneira do culto. Nada do que é sagrado, nada do que está ligado ao culto divino, deve ser tratado com negligência ou indiferença. Para que os homens possam verdadeiramente glorificar a Deus, importa que em sua associação de idéias façam distinção entre o que é sagrado e o que é profano. Os que têm idéias amplas, nobres pensamentos e aspirações, são os que têm associações que fortalecem todos os pensamentos sobre as coisas divinas. Felizes os que possuem um santuário, luxuoso ou modesto, seja no meio de uma cidade ou entre as cavernas das montanhas, no humilde aposento particular ou nalgum deserto. Se for esse o melhor lugar que lhes é dado arranjar para esse fim, Deus o santificará pela Sua presença e será santidade ao Senhor dos exércitos. Antes do culto TS2 194 1 Quando os crentes penetram na casa de culto, devem guardar a devida compostura e tomar silenciosamente seu lugar. Se houver na sala uma estufa, não convém agrupar-se em torno dela em atitude indolente e de abandono. Conversas vulgares, cochichos e risos, não devem ser permitidos na casa de culto, nem antes nem depois do serviço. Uma ardente e profunda piedade deve caracterizar todos os adoradores. TS2 194 2 Se faltam alguns minutos para o começo do culto, os crentes devem entregar-se à devoção e meditação silenciosa, elevando a alma em oração a Deus para que o culto se torne para eles uma bênção especial, operando a convicção e conversão em outras almas. Devem lembrar-se de que estão presentes ali mensageiros do Céu. Perdemos geralmente muito da suave comunhão com Deus pela nossa falta de quietude e por não nos darmos à reflexão e oração. O estado espiritual da alma necessita muitas vezes ser passado em revista, e o espírito e coração serem elevados para o Sol da Justiça. Se os crentes, ao entrarem na casa de oração, o fizessem com a devida reverência, lembrando-se de que se acham ali na presença do Senhor, seu silêncio redundaria num testemunho eloqüente. Os cochichos, risos e conversas, que se poderiam admitir em qualquer outro lugar, não devem ser sancionados na casa em que Deus é adorado. Cumpre preparar o espírito para ouvir a Palavra de Deus, a fim de que esta possa exercer impressão e influir sobre a alma. Durante o culto TS2 195 1 O ministro deve entrar na casa de oração com uma compostura digna e solene. Chegado ao púlpito, deve inclinar-se em silenciosa oração e pedir fervorosamente a assistência de Deus. Que impressão não fará isto! A solenidade se apoderará de toda congregação. Seu ministro ali está, comunicando-se com Deus, encomendando-se a Ele antes de ousar apresentar-se diante dela. Uma profunda solenidade invade tudo e a todos, e os anjos de Deus são trazidos para bem perto. Cada um dos congregados deve, de cabeça inclinada, associar-se ao pregador em silenciosa oração, e suplicar a Deus que abençoe a reunião pela Sua presença, imprimindo virtude à palavra ministrada por lábios humanos. TS2 195 2 Ao ser aberta a reunião com oração, cada qual deve ajoelhar-se na presença do Altíssimo e elevar o coração a Deus em silenciosa devoção. As orações dos fiéis serão ouvidas e o ministério da palavra provar-se-á eficaz. A atitude indiferente dos crentes na casa de Deus, é um dos grandes motivos por que o ministério não acusa maiores resultados. A melodia do canto, derramando-se dos corações num tom de voz claro e distinto, representa um dos instrumentos divinos na conversão de almas. Todo o serviço deve ser efetuado com solenidade e reverência, como se fora feito na presença pessoal de Deus mesmo. TS2 195 3 Quando a Palavra é exposta, deveis lembrar-vos, irmãos, de que é a voz de Deus que vos está falando por meio de Seu servo. Escutai com atenção. Não dormiteis nessa hora; porque assim fazendo é possível escaparem-se-vos nesse momento justamente as palavras que mais necessitais ouvir -- palavras que, atendidas, vos livrariam de enveredar por algum caminho errado. Satanás e seus anjos estão ativos, criando uma espécie de paralisia dos sentidos, de modo a não serem ouvidas as admoestações, advertências e repreensões, ou, se ouvidas, não terem efeito sobre o coração, transformando a vida. Às vezes é uma criança que desvia de tal modo a atenção dos ouvintes, que a semente preciosa não cai em terreno fértil para produzir fruto. Outras, são os moços e moças que revelam tão pouco respeito pela casa de Deus, que se entretêm a conversar durante a pregação. Se estes pudessem perceber os anjos que os estão observando e notando o seu procedimento, corariam de pejo e se aborreceriam a si próprios. Deus quer ouvintes atentos. Foi enquanto os homens dormiam que Satanás aproveitou para semear a cizânia. Depois do culto TS2 196 1 Ao ser pronunciada a bênção, todos devem conservar-se quietos, como temendo ficar privados da paz de Cristo. Saiam então todos sem se atropelar e evitando falar em voz alta, portando-se como na presença de Deus e lembrando-se de que Seus olhos repousam sobre todos. Ninguém deve deter-se nos corredores para encontros e tagarelice, impedindo a passagem aos outros que buscam a saída. Os arredores imediatos da casa de oração devem caracterizar-se por uma grave solenidade, evitando os crentes o fazer deles lugar de encontro com os amigos, a fim de trocarem frases banais ou tratarem de negócios. Tais coisas não convêm na casa de Deus. Deus e os anjos têm sido desonrados pela maneira irreverente com que os crentes se portam nalgumas igrejas, acordando os ecos com suas gargalhadas e fazendo ruído com os pés. TS2 196 2 Pais, exaltai o padrão do cristianismo no espírito de vossos filhos; ajudai-os a entretecer a pessoa de Jesus em sua experiência; ensinai-os a ter o maior respeito pela casa de Deus e a compreender que quando entram ali devem fazê-lo com o coração comovido, ocupando-se com pensamentos como estes: "Deus está aqui; esta é a Sua casa. Devo alimentar pensamentos puros e guiar-me pelos mais santos propósitos. Não devo conservar em meu coração orgulho, inveja, ciúme, suspeitas, ódio ou engano; porque estou na presença de Deus. Este é o lugar onde Deus vem ter com Seu povo e o abençoa. O Altíssimo e Santo, que habita na eternidade, me vê, esquadrinha meu coração, e lê meus mais secretos pensamentos e atos de minha vida." Responsabilidade dos pais TS2 197 1 Irmãos, não seria bom meditardes um pouco sobre este assunto, reparando na maneira por que vos conduzis na casa de Deus e nos esforços que estais envidando por preceito e exemplo, a fim de cultivar em vossos filhos a reverência? Imputais vastas obrigações ao pregador, responsabilizando-o pela alma de vossos filhos, mas vós mesmos estais esquecidos de vosso dever como pais e instrutores de, como Abraão, ordenar vossa casa, depois de vós, para que guardem o caminho do Senhor. Vossos filhos e filhas se corrompem pelo vosso próprio exemplo e vossa frouxa disciplina, e, malgrado essa grave falha na educação doméstica, entendeis que o ministro deve poder combater sua influência e realizar o prodígio de educar o coração de vossos filhos na piedade e virtude. Depois de o ministro haver feito pela igreja tudo quanto pôde, admoestando-a fielmente e com bondade, procurando encaminhá-la com paciência e fazendo ardentes preces pelo resgate e salvação de cada alma, e não terem seus esforços alcançado o almejado êxito, os pais não raro o censuram por não verem convertidos os filhos, quando a causa disto está na sua própria negligência. TS2 197 2 A responsabilidade pesa sobre os pais; quererão aceitar a missão de que Deus os incumbiu e desempenhar-se dela com fidelidade? Quererão ir adiante e esforçar-se num espírito humilde, paciente e perseverante, por atingir o elevado padrão, eles próprios, levando consigo os filhos? Não admira que nossas igrejas estejam fracas e não reine nelas a reverência profunda que as deveria caracterizar. Nossos atuais hábitos e costumes, que desonram a Deus e tornam banais as coisas divinas, nos são contrários. Somos depositários de uma verdade sagrada, probante e santificadora; e se nossos hábitos e práticas não se coadunarem com a mesma, pecamos contra uma grande luz e nossa culpa será correspondente. Mais tolerável do que para nós há de ser para os gentios a justiça retributiva de Deus no dia do juízo. TS2 198 1 Muito mais do que estamos atualmente fazendo, poderia ser feito a fim de irradiar a luz da verdade. Deus espera que demos muito fruto. Deseja ver maior zelo e fidelidade, e esforços mais diligentes e caritativos da parte dos membros da igreja a favor dos vizinhos e dos que estão sem Cristo. Os pais devem começar seu trabalho de acordo com um plano elevado. Todos os que mencionam o nome de Cristo devem vestir-se da armadura de Deus e admoestar e advertir, esforçando-se por salvar almas do pecado. Levai todos os que puderdes a ouvir a verdade na casa de Deus. Devemos desenvolver maior diligência do que fazemos, a fim de arrancar almas ao fogo. TS2 198 2 É um fato deplorável que a reverência pela casa de Deus esteja quase extinta. As coisas e lugares sagrados já se não discernem; as coisas santas e elevadas não são apreciadas. Não haverá uma causa para essa falta de legítima piedade nas famílias? Não será acaso porque a elevada norma da religião esteja abatida até ao pó? Deus deu a Seu povo na antiguidade regras precisas e exatas sobre ordem. Porventura terá mudado? Não será Ele mais o Altíssimo e Todo-poderoso que domina sobre o Universo? Não conviria lermos as instruções que Deus mesmo Se dignou dar aos antigos hebreus para que nós, que temos a verdade gloriosa irradiando sobre nós, os imitemos em sua reverência para com a casa de Deus? Temos motivos de sobra para alimentar espírito de fervor e devoção no culto divino. Temos mesmo motivos para ser mais ponderados e reverentes em nosso culto do que os judeus. Mas um inimigo tem estado a trabalhar, a fim de destruir nossa fé na santidade do culto cristão. TS2 198 3 A casa dedicada a Deus não deveria servir ao mesmo tempo para negócios. Se as crianças se reúnem para o culto numa sala em que durante a semana funciona uma escola ou loja, é natural que sua atenção seja desviada por reminiscências dos estudos ou de coisas ocorridas nessa mesma sala em dias precedentes. A mocidade deve ser educada a elevar em seu conceito o caráter das coisas sagradas e a acoroçoar a verdadeira devoção na casa de Deus. Muitos dos que professam ser filhos do celeste Rei não apreciam devidamente a santidade das coisas eternas. Quase todos precisam ser ensinados como se portar na casa de oração. Os pais devem não só ensinar, como exortar os filhos a entrarem no santuário divino com seriedade e reverência. TS2 199 1 O sentimento moral dos que adoram a Deus no Seu santuário tem de ser elevado, apurado e santificado. Eis o que tem sido deploravelmente negligenciado. É assunto que foi votado ao desprezo e o resultado disto é a desordem e irreverência que passaram a imperar e Deus é desonrado. Se os dirigentes de igrejas, os ministros, o povo, os pais, não têm idéias mais elevadas a este respeito, que poderão esperar de crianças inexperientes? Estas são muitas vezes encontradas em grupos, afastadas dos pais que deviam tomar conta delas; e embora se encontrem na presença de Deus, cujos olhos sobre elas repousam, põem-se a cochichar e a rir, portando-se inconvenientemente, e mostrando-se desrespeitosas e desatentas. Raras vezes são instruídas que os ministros são embaixadores de Deus, que a mensagem que pregam é o meio por Ele determinado para a salvação de almas e que para todos os que têm o privilégio de ouvir, constitui um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. Criticar o sermão TS2 199 2 O delicado e impressionável espírito da juventude avalia o trabalho dos servos de Deus pelo mesmo padrão pelo qual o aferem os pais. Muitos chefes de família têm por costume criticar em casa o culto, aprovando umas poucas coisas e condenando outras. Deste modo a mensagem de Deus aos homens é criticada e posta em dúvida e tratada levianamente. Que impressões são produzidas por essas observações imponderadas e irreverentes, só os livros do Céu o poderão revelar. Os filhos vêem e compreendem estas coisas muito mais facilmente do que imaginam os pais. Ao seu senso moral é assim dada uma orientação errada que o tempo nunca conseguirá retificar de todo. Os pais muitas vezes se queixam da dureza de coração dos filhos e da dificuldade que têm em convencê-los de seu dever de atender às exigências divinas. TS2 200 1 Os livros do Céu registram, entretanto, com toda a precisão a legítima causa. Os pais não estão convertidos. Não estão de acordo com o Céu e a obra de Deus. Suas idéias estreitas e mesquinhas acerca da santidade do ministério e do santuário de Deus foram entretecidas na educação dos filhos. É de duvidar que alguém que viveu sob a atmosfera corrupta de tal educação, consiga desenvolver a verdadeira reverência e respeito pelo ministério de Deus e pelos instrumentos por Ele destinados para a salvação de pecadores. Acerca dessas coisas dever-se-ia falar com respeito, em linguagem conveniente e com muito escrúpulo, a fim de mostrar às pessoas que nos ouvem que consideramos a mensagem dos servos do Senhor como a nós enviada pelo próprio Deus. TS2 200 2 Pais, vede que exemplo e idéias dais a vossos filhos! Sua mente é plástica e as impressões ali se fazem com a maior facilidade. Se durante o culto divino o pregador comete algum erro, guardai-vos de vos referir a ele. Falai apenas das coisas boas que fez, das excelentes idéias que apresentou, e que deveis aceitar como vindas de um instrumento de Deus. Pode-se compreender facilmente porque as crianças são tão pouco impressionadas pelo ministério da palavra e porque manifestam tão pouca reverência pela casa de Deus. Sua educação a esse respeito tem sido defeituosa. Os pais carecem da comunhão diária com Deus. Suas próprias idéias necessitam ser elevadas e enobrecidas; seus lábios precisam ser tocados com a brasa viva do altar; então seus hábitos e práticas em casa hão de produzir boa impressão sobre o espírito e caráter dos filhos. A norma religiosa será grandemente elevada. Nestas condições, os pais farão uma grande obra para Deus. Verão desaparecer cada vez mais de seu lar a mundanidade e a sensualidade, e a pureza e a fidelidade aumentarão. Sua vida se revestirá de uma solenidade que mal poderão conceber. Nada do que se refere ao culto divino será considerado comum. Vestuário e comportamento corretos TS2 201 1 Sinto-me muitas vezes penalizada quando entro na casa em que Deus é adorado e noto ali homens e mulheres em trajes desordenados. Se o coração e o caráter se revelassem pelo exterior, nada de divino deveria haver nessas pessoas. Não têm exata compreensão da ordem, da decência e do decoro que Deus exige dos que se chegam à Sua presença a fim de adorá-Lo. Que impressões essas coisas hão de fazer sobre os incrédulos e a mocidade que têm fácil discernimento e está pronta a tirar de tudo suas conclusões? TS2 201 2 No entender de muitos não há maior santidade na casa de Deus do que em qualquer outro sítio dos mais comuns. Muitos penetram na casa de Deus sem tirar o chapéu, e com a roupa suja e em desalinho. Essas pessoas não reconhecem que aí vêm encontrar-se com Deus e os santos anjos. Uma reforma radical a este respeito se faz mister em todas as nossas igrejas. Os próprios ministros precisam ter idéias mais elevadas e revelar maior sensibilidade neste sentido. É um aspecto da obra que tem sido muito negligenciado. Por causa de sua irreverência na atitude, no traje, e comportamento, e sua falta de verdadeiro espírito de devoção, Deus muitas vezes tem afastado Seu rosto dos que se achavam reunidos para o culto. TS2 201 3 Todos deveriam ser ensinados a trajar-se com asseio e decência, sem, porém, se esmerarem no adorno exterior que é impróprio da casa de Deus. Cumpre evitar toda ostentação em matéria de roupa, que somente serviria para acoroçoar a irreverência. Não raro a atenção das pessoas é dirigida sobre essa ou aquela peça de roupa e deste modo são sugeridos pensamentos que não deviam ter lugar no coração dos adoradores. Deus é que deve ser o objeto exclusivo de nossos pensamentos e adoração; qualquer coisa tendente a desviar o espírito de Seu culto solene e sagrado constitui uma ofensa a Ele. A exibição de enfeites, como laços, fitas e penachos, bem como ouro ou prata, é uma espécie de idolatria que não deve estar associada ao culto sagrado de Deus, onde os olhos de cada adorador só devem ter em vista a Sua glória. Deve-se cuidar estritamente de toda a questão do vestuário, seguindo à risca as prescrições bíblicas; a moda é uma deusa que impera no mundo, e não raro se insinua também na igreja. A igreja deve também a este respeito fazer da Bíblia sua norma de vida, e os pais fariam bem em meditar seriamente neste assunto. Se virem os filhos inclinando-se para a moda, devem, como Abraão, ordenar resolutamente a sua casa de acordo com seus princípios. Em vez de vincular os filhos ao mundo, devem uni-los a Deus. Que ninguém desonre a casa de Deus com enfeites ostensivos. Deus e os anjos estão ali presentes. O Santo de Israel assim Se manifestou por meio de Seu apóstolo: "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus." 1 Pedro 3:3, 4. Instrução aos crentes novos TS2 202 1 Quando uma igreja for suscitada e deixada na ignorância destes pontos, o ministro negligenciou seu dever, e terá de dar conta a Deus das impressões que destarte deixou prevalecer. A menos que aos crentes sejam inculcadas idéias precisas acerca do culto verdadeiro e da verdadeira reverência para com Deus, prevalecerá entre eles a tendência para nivelar o sagrado ao comum. Tais pessoas, professando a verdade, serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião. Com suas idéias destituídas de cultivo jamais poderão apreciar um Céu puro e santo, e ser preparadas para se associarem aos adoradores de Deus nas cortes celestiais, onde tudo é pureza e perfeição, e onde cada criatura é dominada de profunda reverência para com Deus e Sua santidade. TS2 203 1 O apóstolo Paulo descreve a obra dos embaixadores de Deus como sendo seu escopo apresentar todo homem perfeito em Cristo Jesus. Os que abraçam a verdade de origem divina devem ser educados, enobrecidos e santificados por meio dela. Um escrupuloso esforço será preciso a fim de atingir a estatura de homens perfeitos em Cristo. As pedras rudes, crivadas de arestas que se tiram das pedreiras, têm de ser cinzeladas e polidas a fim de fazer desaparecer-lhes as asperezas. TS2 203 2 Estamos numa época que se distingue pela superficialidade do trabalho, facilidade dos métodos, ostentação de uma santidade diversa daquela que se afere pelo padrão de caráter que Deus estabeleceu. Todos os atalhos, todo abreviamento do caminho, toda doutrina que não estabelecer a lei divina como padrão de caráter cristão, é falsa. O aperfeiçoamento do caráter requer trabalho vitalício, sendo inatingível por parte dos que não estiverem dispostos a prosseguir para ele a passos lentos e penosos, da maneira determinada por Deus. Não devemos permitir-nos nenhum passo errado nesse sentido, mas temos de crescer dia a dia nAquele que é nossa cabeça -- Cristo. ------------------------Capítulo 30 -- Piedade prática Basiléia, Suíça TS2 204 1 1. de Março de 1887. Prezados irmãos e irmãs de Oakland: Meu espírito é atraído a escrever-vos. Repetidamente encontro-me a conversar convosco em sonhos, e em todas as ocasiões vós vos encontrais turbados. Seja o que for que sobrevenha, porém, não permitais que se enfraqueça vossa coragem moral, fazendo com que vossa religião degenere em uma forma sem vida. O amorável Jesus está disposto a abençoar abundantemente; necessitamos, todavia, de obter experiência na fé, na oração fervorosa, e de nos regozijarmos no amor de Deus. Há de algum de nós ser pesado na balança, e achado em falta? Precisamos vigiar-nos a nós mesmos, vigiar os mínimos impulsos profanos de nossa natureza, para que não nos venhamos a tornar traidores das altas responsabilidades que Deus nos confiou como Seus instrumentos humanos. TS2 204 2 Cumpre-nos estudar as advertências e correções dadas por Ele a Seu povo nos séculos passados. Não nos falta luz. Sabemos as obras que devemos evitar, e que preceitos nos deu Ele a observar; de modo que se não buscarmos conhecer e fazer o que é direito, é porque o fazer o mal está mais em harmonia com o coração carnal do que o obrar justamente. TS2 204 3 Sempre haverá pessoas sem fé, que esperam ser levadas pela fé dos outros. Elas não possuem conhecimento experimental da verdade, e portanto não lhe sentiram o poder santificador na própria alma. Deve ser obra de todo membro da igreja, esquadrinhar quieta e diligentemente o próprio coração, e ver se sua vida e seu caráter estão em harmonia com a grande norma divina de justiça. TS2 204 4 O Senhor tem feito grandes coisas por vós na Califórnia, em especial em Oakland; mas Ele Se agradaria de fazer muito mais, caso pusésseis vossas obras em harmonia com a vossa fé. Deus nunca honra a incredulidade com ricas bênçãos. Recapitulai o que Ele tem feito, e sabei então que isto é apenas o começo do que está disposto a fazer. Examinai as escrituras TS2 205 1 Precisamos dar às Escrituras mais valor do que temos feito, pois nelas se revela a vontade de Deus para os homens. Não basta apenas concordar com a veracidade da Palavra de Deus, mas cumpre-nos investigá-la, aprender o que ela contém. Recebemos nós a Bíblia como o "oráculo de Deus"? Ela é tão verdadeiramente uma comunicação divina, como se Suas palavras fossem ouvidas por nós. Não lhes conhecemos a preciosidade, porque não lhe obedecemos às instruções. TS2 205 2 Por toda parte ao nosso redor há anjos maus, mas como não os podemos enxergar com nossa visão natural, não consideramos como devemos a realidade de sua existência tal como é apresentada na Palavra de Deus. Se não houvesse nas Escrituras coisa alguma difícil de ser compreendida, o homem, ao pesquisar-lhe as páginas, exaltar-se-ia em orgulho e presunção. Não é nunca o melhor para uma pessoa, pensar que compreende todos os aspectos da verdade; pois não compreende. Homem algum se lisonjeie, portanto, de ter boa compreensão de todas as partes das Escrituras, e julgue seu dever fazer com que todos os demais as entendam justo como ele. Seja banido o orgulho intelectual. Ergo a voz em advertência contra toda espécie de orgulho espiritual. Existe abundância disto atualmente na igreja. TS2 205 3 Quando a verdade que hoje nutrimos foi pela primeira vez reconhecida como verdade bíblica, quão estranha parecia ela, e quão forte a oposição que tivemos de enfrentar em apresentá-la ao povo pela primeira vez! Mas quão zelosos e sinceros foram os obedientes obreiros, amantes da verdade! Éramos realmente um povo peculiar. Poucos em número, destituídos de fortuna, sem sabedoria ou honras mundanas; todavia acreditávamos em Deus, e éramos fortes e bem-sucedidos, um terror para os que faziam o mal. Firme era nosso amor uns pelos outros; esse amor não se abalava facilmente. Então se manifestava entre nós o poder de Deus, curavam-se os doentes, e havia muita alegria calma, doce e santa. TS2 206 1 Mas ao passo que a luz tem continuado a aumentar, a igreja não tem avançado proporcionalmente. O fino ouro se tem gradualmente tornado opaco, e a frieza e a formalidade se têm introduzido para prejudicar as energias da igreja. Seus abundantes privilégios e oportunidades não têm levado o povo de Deus para a frente e para cima, à pureza e à santidade. O fiel emprego dos talentos a eles confiados por Deus, aumentá-los-ia grandemente. Daquele a quem muito é dado, muito também se exigirá. Unicamente os que aceitam fielmente e apreciam a luz a nós dada por Deus, e tomam elevada e nobre posição no espírito de abnegação e sacrifício, serão condutos de luz para o mundo. Os que não avançam, hão de retroceder, mesmo das próprias bordas da Canaã celeste. Foi-me revelado que nossa fé e nossas obras não correspondem de maneira alguma à luz da verdade a nós comunicada. Precisamos não ter uma fé dividida, mas aquela fé perfeita que opera por amor e purifica a alma. Deus vos convida, a vós da Califórnia, a entrar em íntima relação com Ele. Independência individual TS2 206 2 Um ponto tem de ser guardado, e esse é a independência individual. Como soldados no exército de Cristo, deve haver harmonia de ação nos vários departamentos da obra. Ninguém tem o direito de, por sua própria responsabilidade, dar início e avançar em nossas revistas idéias acerca de doutrinas bíblicas, quando é sabido que outros entre nós mantêm opiniões diversas sobre o assunto, e que isto suscitará controvérsia. Os adventistas do primeiro dia têm procedido assim. Cada um tem seguido independentemente o próprio juízo, procurando apresentar idéias originais, a ponto de não haver ação harmônica entre eles, a não ser, talvez, na oposição aos adventistas do sétimo dia. Não lhes devemos seguir o exemplo. Cada obreiro deve agir tendo em vista os demais. Os seguidores de Jesus Cristo não agirão independentemente uns dos outros. Nossa força deve estar em Deus, e ser economizada para empregar-se em ação concentrada e nobre. Não deve ser desperdiçada em movimentos destituídos de sentido. TS2 207 1 Há força na união. Deve haver união entre nossas casas editoras e nossas outras instituições. Caso existisse essa união, elas seriam uma potência. Nenhuma contenda ou discórdia deve existir entre os obreiros. A obra é uma, dirigida por um único Líder. Os esforços ocasionais e intermitentes têm sido nocivos. Por mais enérgicos que sejam, são de pouco valor; pois certamente virá a reação. Precisamos cultivar firme perseverança, buscando continuamente saber e fazer a vontade de Deus. Deus atenta para o caráter TS2 207 2 Cumpre-nos saber o que precisamos fazer para ser salvos. Não devemos, irmãos e irmãs, flutuar com a corrente popular. Nossa obra presente é sair do mundo e ser separados. É esta a única maneira em que podemos andar com Deus, como fez Enoque. Influências divinas estavam sempre cooperando com seus esforços humanos. Somos, como ele, chamados a possuir uma fé vigorosa, viva, eficaz, e este é o único meio por que nos é possível ser colaboradores de Deus. Precisamos satisfazer as condições expostas na Palavra de Deus, ou morrer em nossos pecados. Precisamos saber que, mudanças morais, pela graça de Cristo, necessitamos fazer em nosso caráter, a fim de habilitar-nos para as mansões celestes. Digo-vos, no temor de Deus, que estamos em risco de viver como os judeus -- destituídos do amor de Deus, e ignorantes de Seu poder, enquanto a brilhante luz da verdade resplandece em todo o nosso redor. TS2 207 3 Dez milhares vezes dez milhares podem professar obedecer à lei e ao evangelho, e todavia estarem vivendo em transgressão. Os homens podem apresentar de modo claro as exigências da verdade quanto aos outros, e todavia ser carnal seu próprio coração. O pecado pode ser amado e praticado em secreto. A verdade de Deus talvez não lhes seja verdade, porquanto o coração não foi santificado por ela. O amor do Salvador talvez não exerça nenhum poder constrangedor sobre suas baixas paixões. Pela história do passado, sabemos que homens podem ocupar sagradas posições, e ainda lidar enganosamente com a verdade de Deus. Não podem erguer a Deus mãos santas "sem ira nem contenda". Isto é porque Deus não tem domínio sobre a mente deles. A verdade nunca se lhes imprimiu no coração. "Com o coração se crê para a justiça." Romanos 10:10. "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças." Marcos 12:30. Estais vós fazendo assim? Muitos não o estão, e nunca o fizeram. Sua conversão tem sido apenas superficial. TS2 208 1 "Portanto", diz o apóstolo, "se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da Terra." Colossences 3:1, 2. O coração é a fortaleza do homem. Dele procedem as saídas da vida ou da morte. Enquanto o coração não for purificado, a pessoa não está apta a ter parte na comunhão dos santos. Não sabe acaso o Esquadrinhador do coração os que se estão detendo no pecado, sem consideração para com sua alma? Não tem havido uma testemunha das coisas mais secretas na vida de cada um? Fui compelida a ouvir as palavras proferidas por alguns homens e mulheres e meninas -- palavras de lisonja, palavras de molde a enganar e enfatuar. Satanás usa todos esses meios para destruir as almas. Alguns de vós podem haver sido assim agentes seus; e se assim for, tereis de enfrentar essas coisas no juízo. Disse o anjo acerca desta classe: "Seu coração nunca foi entregue a Deus. Cristo não está neles. A verdade aí não está. Seu lugar é ocupado pelo pecado, o engano e a mentira. A Palavra de Deus não é crida e cumprida." TS2 208 2 A presente atividade de Satanás operando nos corações, e nas igrejas e nações, deve assustar a todo estudante da profecia. O fim está próximo. Despertem nossas igrejas. Seja o poder convertedor de Deus experimentado no coração dos membros individualmente, e então veremos a profunda atuação do Espírito de Deus. Não é o perdão dos pecados o único resultado da morte de Jesus. Ele fez o infinito sacrifício, não somente para que o pecado fosse removido, mas para que a natureza humana pudesse ser restaurada, reembelezada, reconstruída de suas ruínas, e preparada para a presença de Deus. TS2 209 1 Devemos mostrar nossa fé por nossas obras. Mais ansiedade deve ser manifestada por possuir-se maior medida do espírito de Cristo; pois nisto estará a força da igreja. É Satanás quem está se esforçando por fazer com que os filhos de Deus puxem separadamente. Amor, oh! quão pouco amor temos nós -- amor para com Deus e uns para com os outros! Habitando a palavra e o espírito da verdade em nosso coração, separar-nos-ão do mundo. Os imutáveis princípios da verdade e do amor ligarão coração a coração, e a força da união será proporcional à medida de graça e verdade fruídas. TS2 209 2 Bom será que cada um de nós erga o espelho, a real lei de Deus, e nela veja o reflexo do próprio caráter. Sejamos cuidadosos em não negligenciar os sinais de perigo, e as advertências dadas em Sua Palavra. A menos que essas advertências sejam atendidas, e vencidos os defeitos de caráter, esses defeitos vencerão aqueles que os possuem, e eles cairão em erro e apostasia, e em pecado aberto. A mente que se não eleva ao mais alto padrão, perderá com o tempo o poder de conservar aquilo que antes havia alcançado. "Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia." 1 Coríntios 10:12. "Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza, antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo." 2 Pedro 3:17, 18. Espiritualidade e eficiência TS2 209 3 Deus escolheu nestes últimos dias um povo a quem fez depositário de Sua lei; e este povo terá sempre desagradáveis tarefas a executar. "Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo Meu nome, e não te cansaste." Apocalipse 2:2, 3. Exigirá muita diligência e contínua luta o manter o mal fora de nossas igrejas. É preciso haver rígido e imparcial exercício de disciplina; pois alguns que têm uma aparência de religião procurarão minar a fé de outros e, às ocultas, trabalharão para se exaltar a si mesmos. TS2 210 1 O Senhor Jesus, no Monte das Oliveiras, declarou positivamente que "por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará". Mateus 24:12. Fala de uma classe de pessoas que caíram de elevado estado de espiritualidade. Que declarações dessa natureza nos impressionem com solene, penetrante poder o coração. Onde está o fervor, a devoção a Deus, que corresponde à grandeza da verdade que professamos crer? O amor do mundo, o amor de algum pecado predileto, tem privado o coração do amor da oração e de meditar nas coisas sagradas. Conserva-se uma rotina formal de serviços religiosos; mas onde está o amor de Jesus? A espiritualidade vai perecendo. Há de este torpor, esta lamentável decadência, ser perpetuada? Há de a lâmpada da verdade bruxulear e extinguir-se em trevas, por não ser novamente cheia de óleo da graça? TS2 210 2 Quisera que todo ministro e cada um de nossos obreiros pudesse ver esta questão como me tem sido apresentada. A vaidade e a presunção estão matando a vida espiritual. O eu é exaltado; fala-se sobre o eu. Oh! se morresse esse eu! "Cada dia morro" (1 Coríntios 15:31), disse o apóstolo Paulo. Quando esta orgulhosa, jactanciosa presunção, e esta complacente justiça própria permeiam a alma, não há lugar para Jesus. É-Lhe dado um lugar inferior, ao passo que o eu incha em importância, e enche todo o templo da alma. Eis a razão por que o Senhor pode fazer tão pouco por nós. Cooperasse Ele com os nossos esforços, e o instrumento atribuiria toda a glória à própria esperteza, sabedoria, habilidade, e a pessoa se felicitaria a si mesma, como fez o fariseu: "Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto possuo." Lucas 18:12. Quando o eu estiver escondido em Cristo, não será tantas vezes trazido à tona. Não satisfaremos os desígnios do Espírito de Deus? Não nos deteremos mais na piedade prática, e incomparavelmente menos em arranjos mecânicos? TS2 211 1 Os servos de Cristo devem viver como em Sua presença, e à vista de Seus anjos. Devem buscar entender as exigências referentes a nossos dias, e prepararem-se para enfrentá-las. Satanás está continuamente nos atacando por novos meios, ainda não experimentados, e por que haviam de os oficiais do exército de Deus ser ineficientes? Por que hão de eles deixar sem cultivo qualquer faculdade de sua natureza? Há uma grande obra a fazer, e se há qualquer falta de ação harmônica em realizá-la, é devido ao amor-próprio e à presunção. Unicamente quando somos cuidadosos em cumprir as ordens do Mestre sem deixar na obra nosso cunho e identidade, é que trabalhamos eficiente e harmonicamente. "Avançai juntos", disse o anjo, "avançai juntos." Insistir na religião prática TS2 211 2 Insisto convosco, os que ministrais nas coisas sagradas, para que insistais mais na religião prática. Quão raramente se vê uma consciência sensível e verdadeira, sincera tristeza de alma e convicção do pecado! É porque não há entre nós profunda operação do Espírito de Deus. Nosso Salvador é a escada que Jacó viu, cuja base repousava na Terra, e cujo topo alcançava os mais altos Céus. Isto indica o designado meio de salvação. Se algum de nós salvar-se afinal, será apegando-se a Jesus como aos degraus de uma escada. Para o crente, Cristo é feito sabedoria e justiça, santificação e redenção. Ninguém imagine que seja coisa fácil vencer o inimigo, e que pode ser levado pelos ares a uma incorruptível herança, sem esforço de sua parte. Olhar para trás, produz vertigens. Afrouxar o apoio, é perecer. Poucos são os que apreciam a importância de lutar constantemente para vencer. Afrouxam a diligência e, em resultado, tornam-se egoístas e condescendentes consigo mesmos. Julgam não ser essencial a vigilância na vida religiosa. A diligência posta nos esforços humanos, não é introduzida na vida cristã. TS2 212 1 Haverá algumas quedas terríveis por parte dos que cuidam estar firmes pelo fato de possuírem a verdade; não a têm, porém, tal como é em Jesus. Um momento de descuido pode imergir uma alma em irreparável ruína. Um pecado leva ao segundo, e o segundo prepara o caminho para o terceiro, e assim por diante. Cumpre-nos, como fiéis mensageiros de Deus, rogar-Lhe constantemente que nos guarde por Seu poder. Se nos desviamos uma polegada que seja do dever, estamos em risco de seguir avante na senda do pecado que terminará em perdição. Há esperança para cada um de nós, mas unicamente de um modo, e este é ligar-nos a Cristo, e exercer toda energia para atingir à perfeição de Seu caráter. TS2 212 2 A religião que faz do pecado coisa leve, confiando no amor de Deus para com o pecador a despeito de suas ações, só anima o pecador a crer que Deus o receberá mesmo continuando naquilo que sabe ser pecado. Isto é o que estão fazendo alguns que professam crer na verdade presente. A verdade é mantida à parte da vida, e essa é a razão por que ela não tem poder para convencer e converter a alma. TS2 212 3 Deus mostrou-se que a verdade, tal como é em Jesus, nunca foi introduzida na vida de alguns da Califórnia. Eles não possuem a religião da Bíblia. Nunca se converteram; e a menos que seu coração seja santificado pela verdade que aceitaram, serão enfeixados com o joio; pois não produzem cachos de precioso fruto para demonstrar que são ramos da Videira Viva. TS2 212 4 "Buscai ao Senhor enquanto Se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar." Isaías 55:6, 7. A vida de muitos mostra que eles não têm viva ligação com Deus. Estão flutuando para o canal do mundo. Não possuem, em realidade, parte nem sorte em Cristo. Amam os divertimentos, e estão cheios de idéias, planos, esperanças e ambições egoístas. Servem o inimigo sob a pretensão de servir a Deus. Acham-se em servidão de um feitor, e esta servidão eles preferem, tornando-se voluntários escravos de Satanás. TS2 213 1 A falsa idéia entretida por muitos, de que o refrear os filhos é um dano, está arruinando milhares e milhares. Satanás há de por certo tomar posse dos filhos, se não estiverdes em guarda. Não estimuleis seu convívio com os mundanos. Afastai-os para longe. Saí vós mesmos do meio deles, e mostrai-lhes que estais do lado do Senhor. TS2 213 2 Hão de aqueles que pretendem ser filhos do Altíssimo, elevar a norma -- não apenas quando congregados em vossas reuniões, mas enquanto o tempo durar? Não estareis do lado do Senhor, servindo-O com inteiro propósito de coração? Se fizerdes como fizeram os filhos de Israel em abandonar os expressos preceitos de Deus, haveis de receber por certo os Seus juízos; se, porém, afastardes o pecado, e exercerdes viva fé, as mais ricas das bênçãos celestes vos pertencerão. ------------------------Capítulo 31 -- "Vosso culto racional" TS2 214 1 "Que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1. TS2 214 2 No tempo do antigo Israel, os sacerdotes examinavam cuidadosamente toda oferta que era levada para sacrifício. Caso fosse descoberto qualquer defeito, recusavam o animal; pois o Senhor ordenara que a oferta fosse "sem mancha". Cumpre-nos apresentar nossos corpos como sacrifício vivo a Deus; e não devemos procurar tornar a oferta o mais perfeita possível? Deus nos deu toda instrução necessária para nosso bem-estar físico, mental e moral; e é dever de cada um de nós pôr nossos hábitos de vida, em todo particular, em harmonia com a norma divina. Ficará o Senhor satisfeito com coisa alguma a não ser o melhor que nos é possível oferecer? "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração." Mateus 22:37; Marcos 12:30; Lucas 10:27. Se O amardes de todo o vosso coração, desejareis prestar-Lhe o melhor serviço de vossa vida, e buscareis pôr toda faculdade de vosso ser em harmonia com as leis que vos promoverão a capacidade de cumprir o Seu querer. TS2 214 3 Toda faculdade de nosso ser nos foi dada a fim de prestarmos serviço aceitável a nosso Criador. Quando, por causa do pecado, pervertemos os dons de Deus, e vendemos nossas energias ao príncipe das trevas, Cristo pagou-nos o resgate -- Seu próprio sangue precioso. "Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que por eles morreu." Não deveis seguir os costumes do mundo. "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento." TS2 215 1 Caso nos vestíssemos com trajes simples, modestos, sem atenção pelas modas; caso nossa mesa fosse em todo tempo provida com alimento simples e saudável, evitando-se todos os luxos, toda extravagância; caso construíssemos nossa casa com apropriada singeleza, e da mesma maneira fosse ela mobiliada, isto mostraria o santificante poder da verdade, e exerceria notável influência sobre os incrédulos. Mas enquanto nos conformamos com os mundanos nestas coisas, parece que procurando às vezes mesmo excedê-los em fantasiosos arranjos, a pregação da verdade não terá senão pouco ou nenhum efeito. Quem acreditará na solene verdade para este tempo, quando os que já professam nela crer contradizem pelas obras sua fé? Não foi Deus que nos fechou as janelas do Céu, mas nossa própria conformidade com os costumes e práticas do mundo. -- Testimonies for the Church 5:206 (1882). ------------------------Capítulo 32 -- Sonho impressionante TS2 216 1 Prezado irmão M.: Tive um sonho impressionante na noite passada. Pensei que o irmão estivesse num navio solidamente construído, navegando em águas muito agitadas. Por vezes as ondas passavam por cima, e o irmão ficava completamente molhado. Dizia: "Vou descer deste navio; ele vai afundar." "Não", dizia alguém que parecia ser o comandante, "este navio vai entrar no porto. Nunca há de afundar". Mas o irmão respondia: "Eu serei arrebatado pelas ondas. Como não sou comandante nem piloto, quem se importará? Vou tentar aquele navio que o senhor vê lá adiante." Volveu o comandante: "Não o deixarei ir para lá pois sei que aquele navio vai dar contra os rochedos antes de chegar ao porto." O irmão se ergueu, ereto, e disse com toda positividade: "Este navio vai tornar-se um destroço; vejo isso com toda a clareza." O comandante fitou-o com olhar penetrante, e disse firmemente: "Não permitirei que o senhor perca a vida, tomando aquele navio. O madeiramento de sua estrutura está roído de bichos, e é um navio enganoso. Se o senhor tivesse mais conhecimento, discerniria entre o espúrio e o genuíno, o santo e aquilo que se destina à ruína completa." TS2 216 2 Despertei; mas é esse sonho o que me leva a escrever-lhe. Fiquei profundamente impressionada com algumas dessas coisas, quando me chegou uma carta, dizendo que o irmão estava "sob grande tentação e prova". Que há, irmão M.? Está Satanás tentando-o de novo? Está Deus permitindo que o irmão seja levado ao mesmo lugar onde fracassou anteriormente? Deixará agora que a incredulidade tome posse de sua alma? Fraquejará todas as vezes, como fizeram os filhos de Israel? Deus o ajude a resistir ao maligno, e a sair mais forte de cada prova de sua fé! TS2 216 3 Tenha cuidado quanto a suas ações. Faça retas veredas para os seus pés. Feche a porta à incredulidade, e faça de Deus a sua força. Quando se achar perplexo, mantenha-se calmo; não dê passos no escuro. Estou profundamente preocupada por sua alma. Talvez seja esta a última prova que o Senhor lhe esteja concedendo. Não avance nem um passo na estrada descendente da perdição. Espere, e Deus o ajudará. Seja paciente, e aparecerá a clara luz. Se ceder às impressões, perderá a alma, e esta é para Deus de grande valor. TS2 217 1 Tenho estado a escrever o primeiro volume do Conflito dos Séculos; e dá-me uma impressão muito solene, recordar esses assuntos tão importantes: a criação, e os acontecimentos da queda de Satanás até à queda de Adão. O Senhor parece estar muito perto de mim ao escrever, e fico profundamente comovida ao contemplar esse conflito, desde o princípio até ao tempo presente. A operação dos poderes das trevas é-me exposta claramente ante os olhos. Tempos muito probantes estão à nossa frente; e Satanás, trajando vestes de anjo, apresentar-se-á às almas com suas tentações, como foi ter com Cristo no deserto. Ele citará a Escritura; e a menos que nossa vida esteja oculta com Cristo em Deus, ele por certo ligará nossa alma na incredulidade. TS2 217 2 O tempo é muito breve, e tudo que deve ser feito tem de ser feito rapidamente. Os anjos estão segurando os quatro ventos, e Satanás está tomando vantagem de cada um que não esteja plenamente firmado na verdade. Toda alma será provada. Todo defeito de caráter, a menos que seja vencido pelo auxílio do Espírito de Deus, tornar-se-á meio certo de destruição. Sinto como nunca dantes a necessidade de que nosso povo seja fortalecido pelo espírito da verdade; pois os ardis de Satanás enredarão toda alma que não fez de Deus a sua força. O Senhor tem muito trabalho por ser feito; e se nós fizermos o que Ele nos designou colaborará com os nossos esforços. ------------------------Capítulo 33 -- Elementos de êxito na causa de Deus TS2 218 1 Os que são chamados por Deus para obreiros da palavra e da doutrina, devem aprender sempre. Constantemente devem buscar aperfeiçoar-se a fim de se constituírem exemplo do rebanho de Deus e fazerem bem a todos que com eles entram em contato. Os que não reconhecem a importância de progredir e de aperfeiçoar-se, não crescerão na graça e no conhecimento de Cristo. TS2 218 2 Todo o Céu se interessa na obra que está sendo feita no mundo, que é preparar homens e mulheres para a futura vida imortal. É o desígnio divino que instrumentos humanos se honrem com ser chamados a cooperar com Cristo na salvação de almas. A Palavra de Deus claramente revela que é o privilégio de cada instrumento nesta grande obra reconhecer que há alguém à sua direita pronto a assisti-lo em cada esforço sincero, para atingir a mais elevada excelência moral e espiritual na obra do Mestre. Dar-se-á isto com todo aquele que sentir a necessidade desse auxílio. Estes devem olhar para a obra de Deus como uma obra sagrada e santa e oferecer-Lhe cada dia tributo de alegria e gratidão, em retribuição do poder de Sua graça pela qual são habilitados a progredir na vida espiritual. O obreiro deve fazer sempre o mais modesto conceito de si próprio, considerando as muitas oportunidades que deixou desaproveitadas por falta de diligência e necessária apreciação da obra. Não deve desalentar-se por isso, mas continuamente renovar seus esforços no sentido de remir o tempo. TS2 218 3 Os que Deus escolheu para o Seu ministério devem preparar-se para a obra, mediante escrupuloso exame de consciência e íntima união com o Salvador do mundo. Se não forem bem-sucedidos em ganhar almas para Cristo, será porque sua própria alma não está bem com Deus. Há, infelizmente, ainda muita ignorância voluntária da parte de grande número de pessoas que pregam a Palavra. Por falta de uma compreensão perfeita das Escrituras, não estão habilitadas para esse trabalho. Não sentem a importância da verdade para o presente tempo, pelo que ela para eles não constitui uma realidade viva. Se humilhassem o coração diante de Deus, se andassem de conformidade com as Escrituras na verdadeira humildade de espírito, teriam visão muito mais distinta do padrão que cumpre imitar; mas deixam de fixar os olhos no Autor e Consumador de sua fé. Vitória sobre a tentação TS2 219 1 Não há necessidade de que alguém se deixe vencer pelas tentações de Satanás, violentando assim a sua consciência e entristecendo o santo Espírito de Deus. Na Palavra de Deus foram feitas todas as provisões para que o auxílio divino seja dispensado a cada um que se esforce por vencer. Se conservarem a Jesus diante dos olhos, serão transformados na Sua imagem. Todos em quem Cristo habitar pela fé serão assistidos em seu trabalho por um poder que lhes assegurará o êxito. Tornar-se-ão continuamente mais eficientes em sua obra, e a bênção divina, revelando-se na prosperidade de seu trabalho, testificará que em realidade são cooperadores de Cristo. Mas por maiores que sejam os progressos que alguém tenha feito na vida espiritual, nunca atingirá um ponto em que não tenha mais necessidade de examinar diligentemente as Escrituras, pois nelas se contêm as evidências de nossa fé. Todos os pontos de doutrina, ainda que tenham sido aceitos como verdades, têm de ser provados pela lei e pelo testemunho; se não resistirem a essa prova, "nunca verão a alva". TS2 219 2 O grande plano de redenção, conforme revelado na obra final para estes últimos dias, deve ser cuidadosamente estudado. As cenas relacionadas com o santuário celestial devem de tal modo impressionar o espírito e o coração de todos, que estes sejam capazes de impressionar também a outros. Todos precisam compreender melhor a obra da expiação que está sendo efetuada no santuário do Céu. Quando essa importante verdade for reconhecida e compreendida, os que a abraçaram trabalharão de acordo com Cristo, a fim de preparar um povo que esteja em pé no grande dia de Deus e seus esforços serão bem-sucedidos. TS2 220 1 Pelo estudo, meditação e oração, o povo de Deus será elevado acima do nível das idéias e sentimentos comuns e terrenos, e posto em harmonia com Cristo e Sua grande obra de purificação no santuário celestial. Sua fé O seguirá até dentro do santuário, e Seus adoradores na Terra terão o cuidado de passar em revista a sua vida, aferindo o seu caráter pelo grande padrão de justiça. Descobrirão seus próprios defeitos e reconhecerão também que necessitam do auxílio do Espírito de Deus a fim de estar habilitados para a grande e solene obra do presente tempo, que Deus impôs aos Seus embaixadores. TS2 220 2 Cristo disse: "Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Porque a Minha carne verdadeiramente é comida, e o Meu sangue verdadeiramente é bebida; quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim." João 6:53-57. Quantos dentre os que são obreiros da Palavra e da doutrina se alimentam da carne de Cristo e bebem o Seu sangue? Quantos podem compreender este mistério? O Salvador mesmo o explicou: "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." V. 63. A Palavra de Deus precisa ser entretecida no caráter vivo dos que nela crêem. A única fé verdadeira é a do que recebe e assimila a verdade, até que se torne parte do seu ser e a força motriz de sua vida e atos. Jesus é chamado o Verbo de Deus. Aceitou a lei de Seu Pai, cumpriu os Seus princípios em Sua vida, manifestou o Seu espírito e revelou Sua virtude beneficente sobre o coração. Disse João: "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:14. Os seguidores de Cristo precisam comungar em Sua experiência. Devem assimilar a Palavra de Deus. Têm de ser transformados na Sua semelhança e, pela virtude de Cristo, refletir os atributos divinos. Importa-lhes comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus, ou não terão vida em si mesmos. O espírito e a obra de Cristo têm de tornar-se o espírito e a obra de Seus discípulos. A verdade na vida TS2 221 1 Não basta pregar a verdade; é preciso traduzi-la por obra. Cristo tem de habitar em nós e nós nEle, a fim de podermos fazer a obra de Deus. Cada qual necessita de uma experiência individual, e deve envidar esforços pessoais para conquistar almas. Deus requer que cada um dedique à obra todas as suas energias, e que, pelo esforço constante, se eduque para fazê-la de modo aceitável. Espera que cada qual introduza no coração a graça de Cristo, a fim de ser para o mundo uma luz que brilhe e alumie. Os obreiros que educarem devidamente suas faculdades, trabalharão com entendimento e com toda a sabedoria, e Deus certamente corresponderá aos seus esforços por elevar, enobrecer e salvar os semelhantes. Todos os obreiros precisam usar tato e subordinar suas faculdades à influência dominante do Espírito de Deus. Devem fazer ocupação sua estudar a Palavra de Deus, e atender à voz divina que a eles se dirige por meio dela em repreensões, instruções e consolações, e Seu Espírito os fortalecerá para que, como obreiros de Deus, possam progredir na vida religiosa. Deste modo serão conduzidos passo a passo a maiores alturas e seu gozo será completo. TS2 221 2 Estando empenhados na obra que Deus lhes deu para fazer, não terão tempo nem se sentirão com disposição para glorificar-se a si próprios, como também não lhes sobrará tempo para murmurar ou queixar-se, porquanto suas afeições se concentram nas coisas de cima e não nas terrenas. Coração, alma e corpo estarão então empenhados na obra de Deus. Não trabalharão movidos por egoísmo, mas renunciar-se-ão a si mesmos por amor de Cristo. Exaltarão a Sua cruz, pois são Seus verdadeiros discípulos. Alimentar-se-ão dia a dia das preciosas verdades da Palavra de Deus, e serão assim fortalecidos para o dever e robustecidos para a provação. Tornar-se-ão desta maneira homens e mulheres fortes e bem desenvolvidos em Cristo. Serão daí verdadeiros filhos e filhas do Rei celestial. TS2 222 1 A magnitude da verdade que amam e meditam, dilatar-lhes-á o espírito, fortalecendo-lhes o juízo e elevando-lhes o caráter. Na obra de salvar almas não serão noviços, pois trabalham com a sabedoria que por Deus lhes é concedida. Nem serão pigmeus na vida religiosa, mas crescerão em Cristo, sua cabeça viva, até à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus. O antagonismo dos inimigos da verdade só contribuirá para robustecer sua esperança, e alcançarão preciosas vitórias porque chamam em seu auxílio o poderoso Ajudador que jamais desaponta os que O buscam num espírito de humildade. Se seus esforços forem bem-sucedidos, darão toda a glória a Deus. O Céu se inclinará para eles com simpatia e cooperação. Serão feitos na verdade um espetáculo para o mundo, para os anjos e os homens. Sua vida se caracterizará pela pureza de coração, pela força de propósito, firmeza e utilidade na causa de Deus. Serão os eleitos de Deus. Subir acima das perplexidades e provas TS2 222 2 Na vida religiosa de cada alma que aspira à vitória sobrevêm incidentes terrivelmente embaraçosos e probantes; mas o conhecimento da Escritura a ajudará a evocar as animadoras promessas de Deus que lhe fortalecerão o coração e lhe robustecerão a fé no poder do Todo-poderoso. Lê-se nela: "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão", "para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não havendo visto, O amais; no qual não O vendo agora, porém crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso." Hebreus 10:35; 1 Pedro 1:7, 8. TS2 223 1 A prova da fé é mais preciosa do que o ouro. Todos devem saber que isto constitui uma parte da disciplina na escola de Cristo, a qual é necessária para os purificar e desembaraçá-los das escórias deste mundo. Importa sofrerem com fortaleza de espírito os escárnios e ataques dos inimigos e vencerem todos os obstáculos que Satanás levantar em seu caminho. Procurará induzi-los a negligenciar a oração e desanimá-los no estudo das Escrituras; e há de projetar em sua vereda a sua sombra odiosa, a fim de ocultar-lhes aos olhos a Cristo e as atrações celestiais. TS2 223 2 Ninguém deve viver hesitante e medroso, dominado por dúvidas constantes e semeando queixumes em sua vereda; mas todos devemos erguer os olhos para Deus, considerar Sua bondade e regozijar-nos em Seu amor. Reuni todas as vossas energias para elevar os olhos e não deixá-los pousar nas dificuldades. Assim fazendo, jamais fraquejareis em vossa vereda. Em breve vereis a Jesus por trás da nuvem, estendendo a mão para vos ajudar; e tudo que tendes a fazer é estender-Lhe a vossa pela fé simples, e permitir-Lhe que vos guie. Possuindo-vos de confiança, pela fé em Jesus tornar-vos-eis cheios de esperança. A luz que promana do Calvário vos revelará o apreço em que Deus tem uma alma, e pela consideração desse apreço sereis levados a refletir essa luz para o mundo. TS2 223 3 Um grande nome entre os homens é como letras traçadas na areia; mas um caráter impoluto é de duração eterna. Deus vos dotou de inteligência e raciocínio para apreenderdes as Suas promessas; e Jesus quer ajudar-vos a formar um caráter sólido e simétrico. Os que possuem esse caráter não necessitam desalentar-se por carecerem de êxito nos negócios seculares. São "a luz do mundo". Satanás não pode destruir ou tornar de nenhum efeito a luz que deles irradia. TS2 224 1 Deus tem trabalho para todos. Não entra em Seus desígnios que as almas sejam sustentadas no combate da vida pela simpatia e louvor dos homens; mas quer que saiamos do arraial suportando o vitupério de Cristo, pelejando o bom combate da fé, e socorrendo-nos de Sua força em todas as dificuldades. Deus nos franqueou todos os tesouros do Céu pelo precioso dom de Seu Filho, que é perfeitamente capaz de nos elevar, enobrecer e habilitar pela perfeição de Seu caráter, para utilidade nesta vida e para um santo Céu. Ele veio ao mundo e viveu como requer que Seus seguidores vivam. Sua vida foi de renúncia e constante abnegação. Se alimentarmos o egoísmo, a comodidade e a condescendência com as inclinações, não empenhando o melhor dos nossos esforços para cooperarmos com Deus nesta obra maravilhosa de nos elevar, enobrecer e purificar, a fim de nos tornarmos filhos e filhas de Deus, não corresponderemos ao Seu desígnio; sofreremos um contínuo prejuízo nesta vida e finalmente haveremos de perder a futura vida imortal. TS2 224 2 Deus quer que trabalhemos, não com menosprezo de nós mesmos nem com desalento, mas com robusta fé e esperança, bom ânimo e alegria, apresentando Cristo ao mundo. A religião de Jesus é gozo, paz e ventura. À medida que examinarmos as Escrituras, reconhecendo a infinita condescendência do Pai em dar Seu Filho para que todos os que nEle cressem, tivessem a vida eterna, cada faculdade que em nós há deve ser posta em atividade, para louvá-Lo, honrá-Lo e dar-Lhe glória pelo inexprimível amor que manifestou para com os filhos dos homens. ------------------------Capítulo 34 -- Educação de obreiros TS2 225 1 Temos por fazer uma obra cuja importância poucos reconhecem. É a de levar a verdade a todas as nações. Há vasto campo para os obreiros, em terras estrangeiras assim como na América. Deus chama a homens que sejam dedicados, puros, generosos, de espírito largo, e humildes, para entrarem nesses campos. Quão poucos têm qualquer intuição desta grande obra! Temos que despertar e trabalhar sob um ponto de vista mais alto do que temos tido até aqui. TS2 225 2 Os que agora abraçam a verdade têm toda vantagem, especialmente quanto à abundância de luz e conhecimento que nossas publicações apresentam. As experiências do passado, ricas e variadas, devem agora ser apreciadas em sua justa luz. Sabemos quão arduamente a obra avançava a princípio, quantos obstáculos se lhe opunham, quão poucos recursos achavam ao dispor dos pioneiros da causa, para serem empregados em seu avanço; mas agora tudo está mudado e brilha a clara luz. Se o cristianismo primitivo pudesse penetrar o coração de todos os que professam crer na verdade, trar-lhes-ia nova vida e poder. O povo que está em trevas veria então o contraste entre a verdade e o erro, entre os ensinos da Palavra de Deus e as fábulas da superstição. Alcançar classes mais altas TS2 225 3 Têm sido cometidos erros em não buscar alcançar com a verdade ministros e outras pessoas das classes mais elevadas. Temos evitado por demais as pessoas não de nossa fé. Conquanto não nos devamos associar a elas para cedermos à sua influência, existem por toda parte pessoas sinceras pelas quais devemos trabalhar acautelada, prudente e inteligentemente, cheios de amor por sua alma. Dever-se-ia arrecadar um fundo a fim de educar homens e mulheres para trabalhar por essas classes mais elevadas, tanto aqui como em outros países. Temos falado demais, mas muito demais, acerca de descer ao nível da mente comum. Deus quer homens de talento e bom juízo, capazes de pesar os argumentos, homens que cavem em busca da verdade como de tesouros escondidos. Tais homens serão capazes de alcançar não só as classes comuns, mas também as melhores. Esses homens serão sempre estudantes da Bíblia, plenamente despertos à santidade das responsabilidades que sobre eles repousam. Eles darão plena prova de seu ministério. A falta de obreiros preparados TS2 226 1 Temos, nos diferentes ramos da causa, demasiado pouco talento em trabalho. Novos empreendimentos têm de ser realizados. Precisamos de habilidade para delinear planos pelos quais possam ser alcançadas almas que se encontram nas trevas do erro. Precisamos da inteligência de espíritos diversos, mas não devemos criticá-los se suas idéias não se adaptarem exatamente às nossas. Devemos ter planos mais amplos para a educação de obreiros que proclamem a mensagem. Os que crêem e amam a verdade têm agido nobremente em dar de seus meios para manter seus vários empreendimentos, mas há grande falta de obreiros capazes. TS2 226 2 Não é prudente estar constantemente a despender meios para abrir campos novos, enquanto tão pouco se faz no sentido de preparar obreiros que ocupem esses campos. A obra de Deus não deve ser estorvada por falta de agentes que a efetuem. Ele chama homens cultos, que sejam estudiosos da Bíblia, que amem a verdade que explanam aos outros, e que a introduzam em sua própria vida e caráter. Necessitamos de homens que amem a Jesus e a Ele se apeguem, e que apreciem o infinito sacrifício feito em favor da caída humanidade. Precisamos de lábios tocados de fogo sagrado, corações puros da contaminação do pecado. Aqueles cuja piedade é superficial, e que têm grande ambição de ser considerados os primeiros e melhores, não são os homens para este tempo. Os que pensam mais em sua própria vontade do que na causa, não são necessários. TS2 226 3 Nossas igrejas não estão recebendo a espécie de preparo que as leve a andar em toda a humildade de espírito, despojando-se de todo o orgulho de ostentação externa, e esforçando-se pela posse do adorno interior. A eficiência da igreja é justamente o que o zelo, a pureza, abnegação e inteligente labor dos ministros a tornam. Um ativo espírito missionário deve caracterizar seus membros individuais. Devem ter mais profunda piedade, fé mais forte e vistas mais amplas. Têm de fazer trabalho mais completo no esforço pessoal. O que precisamos é uma religião viva. Um único indivíduo de amplos conceitos sobre o dever, cuja alma esteja em comunhão com Deus e que seja cheio de zelo por Cristo, exercerá poderosa influência para o bem. Não se abebera ele em corrente baixa, turva, poluída, mas nas águas puras e elevadas das cabeceiras; e pode comunicar à igreja novo espírito e poder. TS2 227 1 Ao aumentar a pressão do exterior, Deus deseja que Sua igreja seja vitalizada pelas santas e solenes verdades que crê. O Espírito Santo, do Céu, trabalhando com os filhos e filhas de Deus, transporá os obstáculos e manterá vantagem contra o inimigo. Deus tem grandes vitórias em reserva para o Seu povo amante da verdade e observador dos mandamentos. Os campos já embranqueceram para a ceifa. Temos luz, e ricas, gloriosas dotações do Céu, na verdade preparadas para as nossas mãos; mas os homens e mulheres não foram educados e disciplinados para trabalharem na seara que amadurece rapidamente. TS2 227 2 Deus sabe com que fidelidade e espírito de consagração cada qual cumpre sua incumbência. Não há, nesta grande obra, lugar para o indolente, não há lugar para o condescendente consigo mesmo, ou os que são incapazes de tornar a vida um êxito em qualquer vocação, nem há lugar para os indiferentes, que não são fervorosos no espírito, dispostos a suportar durezas, oposição, opróbrio, ou morte por amor de Cristo. O ministério cristão não é lugar para zangões. Há uma classe de homens que tentam pregar e são desmazelados, descuidosos e irreverentes. Melhor fariam cultivando a terra do que ensinando a sagrada verdade de Deus. TS2 228 1 Pessoas jovens deverão logo assumir os encargos que os mais idosos têm ocupado. Temos perdido tempo, negligenciando colocar na frente os jovens, e dar-lhes uma educação mais elevada, mais sólida. A obra avança constantemente, e temos que obedecer à ordem: "Ide avante!" Muito bem poderia ser feito por jovens firmados na verdade e que não são influenciados facilmente nem desviados da retidão por seu ambiente, mas que andam com Deus, que oram muito, e que envidam os mais fervorosos esforços por juntar toda a luz que podem. O obreiro deve estar preparado para pôr em exercício as mais altas energias mentais e morais com as quais a natureza, o cultivo e a graça de Deus o tenham dotado; mas seu êxito será proporcional ao grau de consagração e sacrifício no qual é feita a obra, e não aos dotes naturais ou adquiridos. São necessários os mais fervorosos e contínuos esforços por adquirir habilitações para a utilidade; mas a menos que Deus opere com os esforços humanos, coisa alguma se poderá realizar. Disse Cristo: "Sem Mim, nada podeis fazer." João 15:5. A graça divina é o grande elemento do poder salvador; sem ela, todos os esforços humanos são de nenhum valor; sua cooperação é necessária mesmo para os mais fortes e fervorosos esforços humanos, para a inculcação da verdade. Necessidade de professores bem habilitados TS2 228 2 A causa de Deus precisa de professores que tenham altas qualidades morais e aos quais se possa confiar a educação de outros; homens que sejam firmes na fé e tenham tato e paciência, que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal; que estejam tão intimamente ligados a Deus que possam ser condutos de luz -- em suma, cavalheiros cristãos. As boas impressões feitas por essas pessoas, jamais se apagarão, e o preparo assim dado perdurará através da eternidade. O que se negligencia nesse processo de preparo, provavelmente ficará por fazer. Quem empreenderá essa obra? TS2 228 3 Oxalá houvesse jovens fortes, arraigados e firmados na fé, que tivessem tão viva comunhão com Deus que pudessem, se assim fossem aconselhados por nossos irmãos dirigentes, entrar nos colégios mais adiantados de nossa terra, onde tivessem mais vasto campo de estudo e observação. A associação com diversas espécies de mentalidades, a familiarização com a operação e os resultados dos métodos populares de educação, e um conhecimento de teologia como é ensinado nas instituições de ensino, seriam de grande valor a esses obreiros, preparando-os para trabalharem em favor das classes educadas e a combaterem os erros que prevalecem em nosso tempo. Tal foi o método seguido pelos antigos valdenses; e, permanecendo fiel a Deus, nossa juventude, como a deles, poderia fazer boa obra, mesmo enquanto adquirissem a educação, semeando as sementes da verdade em outras mentes. TS2 229 1 "Portai-vos varonilmente, e fortalecei-vos." Perguntai Àquele que por vós sofreu ignomínia, insulto e escárnio: "Senhor, que queres que eu faça?" Ninguém alcança educação demasiado elevada para se tornar humilde discípulo de Cristo. Os que julgam privilégio dar o melhor de sua vida e estudo Àquele de quem os receberam, não fugirão a nenhum trabalho, nem sacrifício, para devolver a Deus, no mais excelente serviço, os talentos que Ele confiou. Na grande batalha da vida muitos dos obreiros perdem de vista a solenidade e caráter sagrado de sua missão. A mortal maldição do pecado continua a manchar e a desfigurar a imagem moral de Deus neles, porque não trabalham como Cristo trabalhou. Um ministério melhor preparado TS2 229 2 Vemos a necessidade de estimular mais elevadas idéias acerca da educação, e de empregar no ministério mais homens bem preparados. Os que não obtêm a devida espécie de educação antes de entrarem para a obra de Deus, não são competentes para aceitarem este santo legado e levarem avante a obra da reforma. No entanto, todos devem continuar sua educação depois de se empenharem na obra. Devem ter a Palavra de Deus a habitar neles. Carecemos de mais cultivo, refinamento e nobreza de alma em nossos obreiros. Semelhante melhoria mostraria resultados na eternidade. TS2 230 1 "Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes Aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, mancebos, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno." 1 João 2:14. O apóstolo liga aqui a experiência dos pais à dos jovens; da mesma maneira, há uma ligação entre os velhos discípulos nesta causa, e os que são mais jovens, que não tiveram experiência dos primeiros desenvolvimentos desta mensagem. Os que eram jovens quando surgiu a mensagem, terão de ser educados pelos porta-bandeiras antigos. Esses mestres devem reconhecer que não se podem envidar esforços demasiado grandes para preparar homens para o seu santo legado, enquanto os porta-estandartes estão ainda capazes de manter alto o estandarte. E no entanto, os que por tanto tempo lutaram nas batalhas, podem ainda alcançar vitórias. Têm-se familiarizado tão cabalmente com os ardis de Satanás, que não serão facilmente desviados das veredas antigas. Lembram-se dos dias antigos. Conhecem Aquele que é desde o princípio. Poderão ser sempre portadores de luz, fiéis testemunhas de Deus, epístolas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. TS2 230 2 Demos, pois, graças a Deus por terem ficado alguns, como se deu com João, para relatarem sua experiência no princípio desta mensagem, e o recebimento disso que hoje temos como tão querido. Mas, um após outro vão caindo em seu posto, e não é nada mais que prudente prepararmos outros para assumirem a obra onde eles a deixam. TS2 230 3 Têm de ser envidados esforços para habilitar os jovens para a obra. Têm de eles vir à frente, para assumirem encargos e responsabilidades. Os que agora são jovens, devem tornar-se homens fortes. Têm de ser capazes de planejar e dar conselhos. A Palavra de Deus neles habitando, torná-los-á puros enchendo-os de fé, esperança, ânimo e dedicação. A obra é agora grandemente retardada porque homens estão desempenhando cargos para os quais não são aptos. Haverá de continuar e aumentar essa grande necessidade? Hão de essas grandes responsabilidades cair das mãos dos obreiros velhos e experientes, para as mãos dos que são incapazes de se desempenharem delas? Não estaremos negligenciando uma obra muito importante, deixando de educar e preparar nossos jovens para preencherem posições de confiança? TS2 231 1 Sejam educados os obreiros, mas ao mesmo tempo sejam eles mansos e humildes de coração. Elevemos a obra ao padrão mais alto possível, sempre lembrados de que, se fizermos nossa parte, Deus não faltará com a Sua. ------------------------Capítulo 35 -- "A aparência do mal" TS2 232 1 Sinto-me impelida a falar aos que estão empenhados em dar ao mundo a última mensagem de advertência. Depende muito do obreiro mesmo, que as almas pelas quais ele trabalha reconheçam e abracem a verdade. A injunção de Deus é esta: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor" (Isaías 52:11); e Paulo exorta a Timóteo: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina." 1 Timóteo 4:16. A obra tem de começar pelo obreiro; precisa ele de estar unido a Cristo, como a vara à videira. "Eu sou a videira", disse Jesus: "vós sois as varas." João 15:5. Nesta imagem está figurada a ligação mais íntima possível. Enxertai na videira verde a vara despida de folhagem e tornar-se-á um ramo vivo, que tira seiva e alimento da mesma videira. Fibra com fibra e artéria com artéria se ligam, e a seiva, subindo por elas, faz que na vara brotem folhas e nasçam frutos. A vara destituída de seiva representa o pecador; unido a Cristo, alma se une a alma, o frágil e mortal ao santo e infinito, e o homem se torna um com Cristo. TS2 232 2 "Sem Mim", disse Cristo, "nada podeis fazer." Acaso estamos nós, que presumimos ser obreiros de Cristo, unidos a Ele como a vara à videira? Permanecemos nós em Cristo e somos um com Ele? A mensagem que levamos é mundial. Tem de ser levada a toda a nação, tribo, língua e povo. O Senhor não quer que um só de nós se constitua um portador dessa mensagem, sem dar-nos graça e poder a fim de apresentá-la ao povo de modo correspondente à sua importância. A grande questão para nós hoje é: estamos proclamando esta solene mensagem de verdade no mundo, de modo a fazer ressaltar sua gravidade? O Senhor promete cooperar com o obreiro que se puser na inteira dependência de Cristo. Não é Sua vontade que os missionários trabalhem sem Sua graça e carecidos de Seu poder. TS2 233 1 Cristo nos escolheu do mundo para que fôssemos um povo peculiar e santo. Deu-Se "a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras". Tito 2:14. Os obreiros de Deus precisam ser homens de oração, estudantes diligentes da Escritura, que tenham sede e fome de justiça, a fim de que possam ser uma luz e conforto para outros. Nosso Deus é Deus zeloso; requer de nós que O adoremos em espírito e verdade, na beleza da santidade. Diz o salmista: "Se eu atender a iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá." Salmos 66:18. Como obreiros devemos ter cuidado dos nossos caminhos. Se o salmista não podia ser ouvido, se atendesse à iniqüidade em sua alma, como poderiam ser agora ouvidas as orações de homens que abrigam a iniqüidade no coração? Fugir da menor aproximação do mal TS2 233 2 Expirando o tempo de expectativa em 1844, o fanatismo penetrou nas fileiras dos adventistas. Deus enviou, pois, mensagens de advertência a fim de afastar o mal que irrompia. Havia exagerada intimidade entre certos homens e mulheres. Apresentei-lhes a norma santa da verdade que nos cumpria seguir e a pureza de conduta que importava observar, a fim de termos a aprovação de Deus e estarmos sem mácula nem ruga diante dEle. As mais solenes ameaças vieram dirigidas de Deus a homens e mulheres cujos pensamentos não eram puros e que pretendiam estar sendo particularmente favorecidos pelo Senhor; mas essas mensagens foram desprezadas e rejeitadas. Voltando-se contra mim, diziam: "Porventura falou Deus somente por meio de ti e não também por meio de nós?" Não se emendaram e Deus permitiu que prosseguissem em seu caminho até que o pecado se patenteasse em sua vida. TS2 233 3 Também agora não estamos isentos de perigo. Cada alma empenhada em proclamar a mensagem de advertência ao mundo há de ser fortemente tentada a seguir uma conduta que seria a negação de sua fé. É o plano premeditado de Satanás tornar os obreiros, em conseqüência de suas deficiências de caráter, fracos na oração, virtude e influência. Nós, como obreiros, devemos unir-nos no propósito de suprimir e condenar tudo que em nossas relações mútuas tenha alguma afinidade com o mal. Nossa fé é santa; nossa obra tem por fim vindicar a honra da lei de Deus e não pode ser de natureza a reduzir o padrão moral das idéias ou do comportamento de quem quer que seja. TS2 234 1 Devemos colocar-nos num ponto de vista elevado. Devemos crer e pregar a verdade como é em Cristo. A santidade nunca há de conduzir a atos menos honestos. Se alguém, que pretende ensinar a verdade, se inclina a estar muito na companhia de uma moça ou mesmo de uma senhora casada; se em confiança, chega a pôr-lhe a mão, ou se se entretém a miúdo com ela em conversações íntimas, acautelai-vos contra ele; os princípios puros da verdade não estão arraigados em sua alma. Essas pessoas não estão em Cristo, nem Cristo nelas. Necessitam de uma legítima conversão antes que Deus possa aceitar seu trabalho. A verdade de origem divina jamais degradará ao que a recebe, jamais o induzirá a qualquer intimidade indébita; ao contrário, santifica o crente, educa-lhe o gosto, eleva-o e enobrece-o e põe-no em comunhão íntima com Jesus. Leva-o a atender à exortação do apóstolo, no sentido de evitar a própria aparência do mal, para que não seja blasfemado o seu bem. Romanos 14:16. TS2 234 2 É este um assunto que nos importa considerar; devemos acautelar-nos contra os pecados deste século corrupto. Devemos fugir de tudo que tenha visos de uma familiaridade suspeita. Deus o condena. É um terreno proibido e há perigo em pôr nele o pé. Cada palavra e ato devem elevar e enobrecer o caráter. É pecado pensar levianamente acerca destas coisas. O apóstolo Paulo exorta Timóteo à diligência e exatidão em seu ministério, e a meditar sobre coisas que são boas e puras para que o seu aproveitamento seja manifesto a todos. Os mesmos conselhos muito necessitam os moços do presente tempo. Muita ponderação é o que precisamos. Se os nossos obreiros refletissem mais em vez de se deixarem levar por impulsos de momento, obteriam muito maior êxito em seu trabalho. Estamos tratando com coisas de infinito alcance e não devemos prejudicar a obra com os defeitos de nosso caráter. Devemos representar o caráter de Cristo. Nobres no pensamento e na ação TS2 235 1 Temos um grande trabalho a fazer, a fim de elevar homens e ganhá-los para Cristo, induzindo-os a aspirarem diligentemente à participação da natureza divina, depois de haverem escapado às corrupções deste século. Cada pensamento, palavra e ato de nossos obreiros deve ter aquele caráter elevado que está em conformidade com a verdade sagrada que defendem. TS2 235 2 É possível que em nossos grandes campos missionários homens e mulheres tenham de trabalhar juntos. Nessa hipótese toda a circunspecção será pouca. Que os homens casados sejam circunspectos e recatados, para que nenhuma acusação lhes possa ser justamente feita. Estamos vivendo em um tempo em que a iniqüidade predomina, e uma palavra irrefletida ou ato inconveniente pode prejudicar muito a utilidade daquele que revelar tal fraqueza. Que os obreiros observem as fronteiras do recato, nada deixando acontecer de que o inimigo possa tirar vantagem. Se começarem a dirigir suas afeições um ao outro, tratando com particular atenção aos preferidos e usando palavras lisonjeiras, o Senhor lhes subtrairá Seu Espírito. TS2 235 3 Quando homens casados vão para o campo, deixando suas esposas presidindo aos cuidados da casa, estas estão fazendo um serviço tão importante como o marido. Enquanto o marido é missionário lá fora, ela não o é menos em casa, excedendo muitas vezes o marido quanto aos cuidados, solicitude e trabalhos com que tem de arcar. Sua obra, que consiste em desenvolver e moldar a inteligência e o caráter dos filhos e educá-los para serem homens úteis aqui e idôneos para a futura vida imortal, é uma obra sagrada e importante. O marido, lá fora, pode ser cumulado de honras da parte dos homens, ao passo que a fiel obreira em casa ficará privada dessa recompensa. Mas se ela se empenhar pela felicidade da família, esforçando-se por formar caracteres à imagem divina, os anjos arrolarão o seu nome ao par do dos maiores missionários do mundo. Deus não vê as coisas como se apresentam à visão finita do homem. Quão cuidadoso deve ser o marido e pai em manter fidelidade ao voto conjugal! Quão circunspecto deve revelar-se quanto ao caráter, a fim de não acoroçoar nas moças ou mesmo nas senhoras casadas pensamentos que não correspondam à elevada e santa norma -- os mandamentos de Deus! Esses mandamentos, como Cristo os expôs, são muitíssimo amplos, atingindo até aos pensamentos e propósitos do coração. É aqui que se prova a delinqüência de muitos. A imaginação de seu coração não é de caráter puro e santo como Deus o requer, e por mais elevada que seja sua vocação, por mais talentoso que sejam, Deus assinalará seu pecado e a Seus olhos serão mais culpados e mais dignos de Sua ira do que os menos prendados, que possuem menos luz e são dotados de menos influência. Evitar louvor e lisonja TS2 236 1 Fico contristada ao ver como homens são louvados, lisonjeados e preferidos. Deus me revelou que alguns dos que têm recebido essas atenções não são dignos de tomarem o Seu nome nos lábios; contudo são exaltados até ao Céu na apreciação de seres finitos, que julgam somente pelas aparências. Minhas irmãs, não vos excedais em atenções nem lisonjeeis a pobres homens falíveis e mortais, sejam moços ou velhos, casados ou solteiros. Não lhes conheceis as fraquezas e não sabeis se porventura essas atenções e excessivo louvor que lhes teceis não venham a determinar sua ruína. Estou alarmada com a estreiteza de vista e a falta de prudência que muitos manifestam a este respeito. TS2 236 2 Homens que estão fazendo a obra de Deus e têm a Cristo no coração, não amesquinharão o padrão da moralidade cristã, mas procurarão elevá-lo o mais possível. Não acharão prazer nas lisonjas de mulheres ou em ser delas preferidos. Digam todos, solteiros e casados: Alto! Não quero dar o mais ligeiro motivo para que me acusem. Meu bom nome tem para mim maior valor do que o ouro e prata: quero conservá-lo impoluto. Se os homens desfizerem dele, não deve ser porque lhes tenha dado motivo para isso, mas pelo mesmo motivo pelo qual também blasfemaram de Cristo, isto é, porque odiavam a pureza e santidade de Seu caráter, que para eles era constante exprobração. TS2 237 1 Quisera que me fosse dado inculcar em todo obreiro da causa de Deus a grande necessidade de orar com zelo e persistência. Não poderão estar continuamente de joelhos, mas poderão elevar o coração a Deus. Esta foi a maneira como Enoque andou com Deus. Tende cuidado não suceda que vos domine a idéia da suficiência própria e Cristo seja eliminado de vosso coração, trabalhando vós na vossa própria força em vez de na força e no espírito de vosso Mestre. Não desperdiceis momentos preciosos em conversações frívolas. Quando volveis de algum trabalho missionário, não deveis encarecer vossos esforços e sim exaltar a Jesus; enaltecei a cruz do Calvário. TS2 237 2 Não permitais que alguém vos elogie, lisonjeie ou aperte vossa mão como se não quisesse tornar a largá-la. Temei toda a demonstração desse gênero. Quando moços ou mesmo pessoas casadas revelam inclinação para descobrir-vos segredos de família, acautelai-vos! Quando manifestam o desejo de possuir vossa simpatia, deveis saber que é hora de pôr-vos de sobreaviso. Os que estão imbuídos do espírito de Cristo e andam com Deus, não manifestarão desejos não santificados de simpatia. Gozam da comunhão de Alguém que satisfaz neles plenamente todo o desejo do espírito e da alma. Homens casados que aceitam as atenções, elogios e lisonjas da parte de mulheres, podem estar certos de que o amor e simpatia dessas pessoas não merecem ser estimados. A firmeza de José TS2 238 1 As mulheres são muitas vezes tentadoras. Sob este ou aquele pretexto cativam a atenção dos homens, sejam casados ou solteiros, e continuam seduzindo-os até que tenham transgredido a lei de Deus, tornando-se inaptos para o trabalho, e sua alma esteja em grave risco. A história de José foi relatada para benefício dos que são tentados à sua semelhança. José provou-se inabalável em seus princípios, respondendo à sua sedutora: "Como pois faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?" Gênesis 39:9. Força moral como a que ele manifestou é de que estamos precisando hoje. TS2 238 2 Se as mulheres quisessem corrigir sua conduta e tornar-se cooperadoras de Cristo, sua influência ofereceria menos perigo, mas com a sua real negligência quanto aos deveres domésticos e as exigências que Deus tem a seu respeito, sua influência se exerce com força em prejuízo da orientação legítima, suas faculdades se atrofiam, e sua obra não tem a aprovação divina. Não são missionárias em casa nem fora; e com freqüência seu lar, seu precioso lar, é deixado em completo abandono. TS2 238 3 Todo o homem que professa a Cristo deve esforçar-se por vencer tudo que é indigno de um homem, toda fraqueza e leviandade. Alguns jamais chegam até a estatura perfeita de homens em Cristo Jesus. São ingênuos e presumidos; mas a piedade poderia corrigir todos estes defeitos. A verdadeira religião não se caracteriza por uma condescendência ingênua. É a todos os respeitos digna. Oxalá nenhum dos que se alistaram como soldados nas fileiras de Cristo venha a desviar-se no dia da prova. Todos devem reconhecer que têm um trabalho sério a fazer, que é elevar os semelhantes de seu estado decaído. A ninguém assiste o direito de depor as armas em meio da luta que torna mais desejável a virtude e odioso o vício; para o cristão ativo não há descanso aquém das moradas eternas. Obedecer aos mandamentos de Deus é fazer o que é justo e somente o que é justo. Nisto consiste a varonilidade cristã. TS2 238 4 Mas muitos necessitam tomar repetidas e freqüentes lições do exemplo de Cristo, que é o autor e consumador de nossa fé. "Considerai pois Aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra Si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao sangue, combatendo o pecado." Hebreus 12:3, 4. Deveis crescer na graça cristã. Se nas ofensas revelardes mansidão e vos apartardes de todas as coisas vis da Terra, dareis a prova de que Cristo habita em vós, e com cada pensamento, palavra e ato atraireis os homens para Jesus e não para vós mesmos. Há uma grande soma de trabalho a fazer e pouco tempo resta para fazê-lo. Seja o propósito de vossa vida incutir em todos a idéia de que têm um trabalho a fazer para Cristo. Aceitai quaisquer deveres que outros deixam de reconhecer, por isso que não querem compreender a missão que lhes está confiada, e cumpri-os. Homens de reputação ilibada TS2 239 1 O padrão da moralidade não tem sido suficientemente exaltado entre o povo de Deus. Muitos dos que professam observar os mandamentos divinos, e se propõem defendê-los, os transgridem. As tentações se apresentam de tal forma que o tentado imagina descobrir uma justificativa para a transgressão. Os que entram para o campo missionário devem ser homens e mulheres que andam e falam com Deus. Os que ocupam o púlpito sagrado como ministros devem ser homens de uma reputação sem jaça; sua vida deve ser impoluta, superior a tudo que tenha visos de impureza. Não arrisqueis vossa reputação, aventurando-vos no caminho da tentação. TS2 239 2 Se uma mulher vos apertar com vagar a mão, retirai-a prontamente, salvando-a do pecado. Se ela vos manifestar uma afeição indébita, queixando-se de que seu marido a não ama nem simpatiza com ela, não tenteis suprir essa falta. A única maneira sábia e segura de agir em tal hipótese é guardar para vós a vossa simpatia. Tais casos são muito freqüentes. TS2 239 3 Apontai essas almas para Aquele que leva nossas aflições, e é o único Conselheiro sábio e verdadeiro. Se ela tiver escolhido a Cristo por seu companheiro, Ele lhe dará graça para suportar esse abandono sem murmuração; por outro lado cumpre-lhe fazer diligentemente tudo que lhe for possível para unir a si o marido, votando-lhe a mais estrita fidelidade, e provando-se também solícita em tornar o lar alegre e atrativo. Se todos os seus esforços forem baldados, deixando de ser apreciados, terá a simpatia e o apoio do Salvador. Ele a ajudará a levar a carga e a consolará nas decepções. Buscando entre os homens o que supra a falta que sente e que Cristo está sempre pronto a preencher, manifesta desconfiança nEle. Com sua murmuração peca contra Deus. Seria melhor que fizesse um exame de consciência, a ver se porventura não a está tentando algum pecado. A alma que deste modo busca a simpatia humana e aceita as atenções proibidas de quem quer que seja, não está limpa diante de Deus. TS2 240 1 A Bíblia apresenta muitas ilustrações frisantes da poderosa influência exercida pela mulher mal-intencionada. Quando Balaão foi chamado para amaldiçoar a Israel, isto não lhe foi permitido, porquanto o Senhor "não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó". Números 23:21. Mas Balaão, que já se havia rendido à tentação, se constituiu totalmente um instrumento de Satanás, e determinou conseguir indiretamente o que diretamente não lhe foi possível. Ideou imediatamente uma cilada que consistiu em seduzir os israelitas pelo encanto das formosas moabitas a transgredirem os mandamentos divinos. Deste modo neles seria achada iniqüidade, e a bênção divina lhes seria retirada. Suas forças seriam notavelmente reduzidas e os inimigos não teriam mais a temer o seu poder, porque a presença do Senhor não continuaria com os seus exércitos. TS2 240 2 Constitui isto um aviso para o povo de Deus nos últimos dias. Se ele seguir a inteira justiça e a santidade, guardando os mandamentos de Deus, Satanás e seus agentes não poderão vencê-lo. Toda oposição de seus mais ferrenhos inimigos será impotente para arrancar ou destruir a vinha que o Senhor plantou. Satanás compreende o que Balaão teve de aprender por uma triste experiência, a saber, que contra Jacó não há encantamento nem adivinhação possível enquanto a iniqüidade nele não tiver acolhida. Por tal motivo seu poder e influência se empregam constantemente no sentido de destruir a união do crente com Deus e macular a pureza de seu caráter. Suas ciladas são armadas de mil modos diferentes, a fim de debilitar a eficácia do crente para o bem. Cultivar a sociabilidade com um propósito TS2 241 1 Ainda uma vez quero insistir na necessidade de cultivar a pureza de pensamento, palavras e ação. Temos uma responsabilidade individual para com Deus, um trabalho pessoal que ninguém pode fazer por nós: é regenerar o mundo pelo ensino, exemplo e esforço pessoal. Cultivando a sociabilidade, não o façamos simplesmente por passatempo, e sim com um propósito útil. Há almas a salvar. Aproximemo-nos delas pelo esforço pessoal. Franqueemos as nossas portas aos moços que estão expostos a tentações. O mal os solicita por toda parte. Procurai interessá-los. Se têm defeitos, procurai corrigi-los. Não vos afasteis deles, mas buscai seu contato. Introduzi-os no vosso lar, convidai-os para assistir ao culto doméstico. Há milhares que precisam que se faça tal serviço por eles. Cada árvore no jardim de Satanás está carregada de frutos sedutores e venenosos, e maldição é pronunciada sobre cada um que deles colher e comer. Lembremo-nos do que Deus exige de nós: que tornemos o caminho do Céu, claro, brilhante e atraente, para que nos seja dado afastar as almas dos destrutivos encantamentos de Satanás. TS2 241 2 Deus nos deu o entendimento para o usarmos para um fim nobre. É este o nosso tempo de prova para a vida futura. É um tempo demasiado solene para andarmos descuidosos e permanecermos na incerteza. Nossas relações com outros devem caracterizar-se pela honestidade e um espírito de piedade. Nossa conversação deve versar sobre as coisas que são de cima. "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dEle, para os que temem o Senhor, e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve." Malaquias 3:16, 17. TS2 242 1 Que poderia ser mais digno de ocupar nossos pensamentos do que o plano de redenção? É um tema inesgotável. O amor de Jesus, a salvação oferecida ao homem decaído por esse infinito amor, a santidade do coração, a verdade preciosa e salvadora destes últimos dias e a graça de Cristo, são assuntos próprios para animar a alma e fazer que o coração puro experimente o gozo que tiveram os discípulos quando Jesus com eles caminhou ao dirigirem-se para Emaús. Aquele que tiver feito de Jesus o objeto principal de seu amor, terá prazer em Sua santa companhia e de tal comunhão colherá força; o que, porém, não revelar gosto por essa espécie de conversação e preferir falar sobre futilidades sentimentais, afastou-se muito de Deus e é insensível às aspirações nobres e santas. O sensual e o terreno é por ele confundido com o celestial. Quando a conversação é de caráter frívolo, revelando um desejo mal satisfeito de simpatia e reconhecimento humano, procede de um sentimentalismo apaixonado, que faz correr perigo tanto aos moços como aos velhos. Se a verdade de Deus for um princípio constante da alma, esta será como uma fonte de água viva. Poderão tentar estancá-la, mas irromperá por outro lado; permanece e não pode ser reprimida. A verdade no coração é um manancial de vida, que refrigera ao cansado e abafa os pensamentos e expressões más. TS2 242 2 Porventura não ocorrem muitas coisas a nosso redor que nos deveriam prevenir dos perigos que espreitam em nossa vereda? Por toda parte se observam destroços humanos, altares domésticos abandonados, laços de família desfeitos. Nota-se um estranho abandono das normas legítimas, uma depreciação do padrão da moralidade; predominam cada vez mais os pecados que determinaram os juízos divinos nos dias do dilúvio e da destruição de Sodoma pelo fogo. Estamos nos avizinhando do fim. Deus suportou bastante tempo a perversidade do homem, mas nem por isso o seu castigo é menos certo. Que todos os que professam ser a luz do mundo se apartem da iniqüidade. Vemos hoje, manifestado contra a verdade, o mesmo espírito notado nos dias de Cristo. Por falta de argumentos bíblicos, os que invalidam a lei de Deus forjam mentiras, a fim de macular e difamar os obreiros. Fizeram isto ao Redentor do mundo e fá-lo-ão também a Seus seguidores. Boatos que não têm o menor fundamento serão tidos como fatos. O segredo da força TS2 243 1 Deus tem abençoado Seu povo que observa Seus mandamentos, e toda a oposição e mentira que contra ele se levante, contribuirá somente para robustecer os que tomaram a si a defesa da fé "uma vez entregue aos santos". Mas se os que professam ser depositários da lei de Deus se tornarem transgressores dessa mesma lei, Seu cuidado protetor ser-lhes-á retirado e muitos cairão por sua perversidade e licenciosidade. Nessas condições seremos incapazes de manter-nos diante de nossos inimigos. Mas, se o povo de Deus se conservar separado e distinto do mundo, como uma nação justa, Deus será sua defesa, e nenhuma arma usada contra ele poderá prevalecer. TS2 243 2 Em vista dos tempos perigosos que atravessamos, não deveríamos, como um povo que guarda os mandamentos de Deus, renunciar todo pecado, iniqüidade e perversidade? Não deviam as mulheres que professam a verdade pôr-se em estrita guarda, a fim de não darem o menor pretexto para qualquer intimidade indébita? Poderão fechar muitas portas à tentação observando perfeito recato e conduta exemplar. Que os homens se inspirem no exemplo de José, sustentando firmemente seus princípios por mais tentados que sejam. Temos de ser homens e mulheres fortes ao lado do direito. Há ao redor de nós muitas pessoas fracas do ponto de vista moral. Estas necessitam da comunhão das que são fortes e cujo coração está estreitamente ligado ao de Cristo. Os princípios de cada um hão de ser postos à prova. Mas há pessoas que correm ao encontro da tentação como um louco que se mete a si próprio em cadeias. Convidam o inimigo a tentá-las. Debilitam-se e enfraquecem-se em força moral, e a vergonha e a confusão são a natural conseqüência. A igreja e o mundo TS2 244 1 Quão desprezíveis aos olhos de um Deus santo devem ser os que professam vindicar Sua lei, e contudo são violadores dela! Acarretam opróbrio à boa causa e dão aos adversários oportunidades de triunfar. Jamais a linha de separação entre os seguidores de Jesus e os de Satanás deve obliterar-se. Há uma linha divisória distinta, traçada por Deus mesmo, entre a igreja e o mundo, entre os que observam Seus mandamentos e os que quebrantam Seus preceitos. Não se unem uns aos outros. Divergem uns dos outros como o dia da noite pelos seus gostos, aspirações, propósitos e caráter. Cultivando o amor e o temor de Deus, havemos de aborrecer até a coisa mais insignificante que tenha visos de impureza. TS2 244 2 Que o Senhor Se digne atrair as almas e incutir-lhes a consciência de sua sagrada responsabilidade de formar caráter tal que Cristo não Se envergonhe de chamá-las irmãos. Proponde-vos um escopo elevado, e naquele dia, quando cada um for recompensado conforme suas obras, a bênção divina será pronunciada sobre vós. Os obreiros de Deus devem conduzir-se sempre como em Sua presença pessoal e desenvolver continuamente um caráter que se distinga pela virtude e piedade. Seu espírito e coração devem estar de tal forma imbuídos do espírito de Cristo e santificados pela solenidade da mensagem que devem levar, que cada pensamento, ato e motivo de sua alma esteja muito acima de tudo quanto é terreno e sensual. Sua felicidade não consistirá na satisfação de desejos egoístas e proibidos, e sim na comunhão de Jesus e de Seu amor. TS2 244 3 Minha prece é esta: "Senhor, unge os olhos de Teus filhos, para que possam distinguir entre o pecado e a santidade, entre a contaminação e a pureza, saindo finalmente triunfantes." TS2 245 1 Na luta com a corrupção interior e as tentações do exterior, mesmo o sábio e poderoso Salomão foi vencido. Não é seguro permitir o mínimo desvio da mais estrita integridade. "Abstende-vos de toda a aparência do mal." 1 Tessalonicenses 5:22. Se uma mulher relata a outro homem suas dificuldades de família, ou se queixa do esposo, ela transgride seus votos matrimoniais; desonra seu esposo e derriba o muro erguido para preservar a santidade da ligação matrimonial; abre de par em par a porta e convida Satanás a entrar com suas tentações insidiosas. Isto é exatamente o que Satanás deseja. Se uma mulher vai ter com um irmão cristão para lhe narrar suas mágoas, decepções e provas, dever-lhe-ia ele aconselhar -- se é que ela precisa confiar a alguém suas dificuldades -- a escolher irmãs como confidentes suas, e então não haverá aparência do mal, por cujo meio a causa de Deus possa sofrer opróbrio. -- Testimonies for the Church 2:306 (1869). ------------------------Capítulo 36 -- Amor para com os que erram TS2 246 1 Cristo veio ao mundo, a fim de pôr a salvação ao alcance de todos. Na cruz do Calvário, pagou o preço infinito exigido pela redenção do mundo. Sua abnegação e renúncia, Seu trabalho desinteressado, Sua humilhação, e, sobretudo, o holocausto de Sua vida, atestam o amor profundo que votou à humanidade decaída. Veio para salvar o que se perdera. Sua missão atingia os pecadores de todas as categorias, de qualquer língua ou nação. Por todos pagou o preço de sua redenção, a fim de reintegrá-los na comunhão e harmonia do Céu. Não desprezava os que dos mais graves erros e delitos se haviam feito culpados; Seu trabalho era desempenhado com especial consideração pelos que mais necessitavam da salvação que viera trazer. Quanto mais urgente reforma um caso pedia, tanto mais profundo era Seu interesse, maior Sua simpatia e mais devotados Seus esforços. Seu amorável coração se comovia até às profundezas, à vista daqueles cuja condição menos esperança oferecia e que mais necessitavam de Sua graça regeneradora. TS2 246 2 Na parábola da ovelha perdida foi figurado o amor admirável que Cristo vota às almas desgarradas. Não Se demora junto dos que Lhe aceitam a graça para, de preferência, circunscrever a eles Seus esforços e receber em troca seu amor e agradecimento. O fiel Pastor deixa Seu rebanho e corre ao deserto, arrosta dificuldades, perigos e até a morte, pelo único desejo de encontrar e salvar a ovelha perdida, que está condenada a morrer, se não for restituída ao redil. E quando, finalmente, depois de diligente busca, o pastor a encontra, embora exausto de cansaço, aflição e fome, não Se limita a tocá-la por diante, mas -- oh, amor incomensurável! -- toma-a afetuosamente nos braços, põe-na sobre os ombros e a reconduz ao rebanho. Depois convoca os vizinhos para se alegrarem com ele por se haver achado a que se perdera. TS2 247 1 As parábolas do filho pródigo e da dracma perdida ensinam a mesma lição. A alma que mais grave perigo corre, pela natureza especial de sua tentação, é que maior cuidado merece da parte de Cristo, tornando-se o objeto de Sua mais terna simpatia e diligente trabalho. A alegria pelo pecador que se arrepende é maior do que a que reina por noventa e nove que não necessitam de arrependimento. TS2 247 2 Estas lições são para proveito nosso. Jesus deu aos discípulos a comissão de cooperarem com Ele em Sua obra e de amarem-se uns aos outros como Ele os amou. A agonia que padeceu na cruz atesta o valor que atribui à alma humana. Todos os que aceitarem esta grande salvação, assumem o compromisso de cooperar com Ele. Ninguém se poderá considerar especialmente favorecido pelo Céu, concentrando seu interesse e atenção em si mesmo. Todos os que se dedicam ao serviço de Cristo devem trabalhar como Ele o fez e amar aos que vivem em ignorância e pecado, justamente como Ele os amou. Compassivo esforço pelos que erram TS2 247 3 Todavia, entre nós se tem feito notar uma falta de simpatia e amor, profundo e sincero, em prol dos que são assediados por tentações ou que vivem no erro. Muitos têm revelado aquela frieza glacial e negligência pecaminosa que Cristo figurou no indivíduo que passa de largo, guardando a maior distância possível dos que mais necessitam de sua ajuda. A alma recém-convertida, sustenta muitas vezes lutas tremendas com hábitos arraigados ou tentações especiais e, se sucede ser vencida por uma paixão ou uma de suas inclinações mais fortes, incorre naturalmente na culpa de imprudência ou real injustiça. Nessas circunstâncias é preciso que os irmãos desenvolvam energia, tato e sabedoria, a fim de ser-lhe restituída a saúde espiritual. É a esses casos que se aplica a admoestação divina: "Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado." Gálatas 6:1. "Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos." Romanos 15:1. Quão pouco, porém, os discípulos professos revelam desse amor compassivo de Cristo! Quando alguém comete uma falta, outros não raro tomam a liberdade de agravar tanto quanto possível o caso. Indivíduos que provavelmente cometem faltas da mesma gravidade, embora de natureza diversa, ousam tratar seu irmão com cruel severidade. Faltas que foram cometidas por ignorância, inadvertência ou fraqueza, são transformadas em pecados propositais e premeditados. E quando almas chegam a apostatar, há indivíduos que, cruzando os braços, solenemente declaram: "Pois não dizia eu? Sabia perfeitamente que com essa gente não se podia contar." Deste modo adotam a atitude de Satanás, e em seu espírito rejubilam porque suas malignas suposições se provassem certas. TS2 248 1 É natural depararmos nos que são moços e inexperientes, grandes imperfeições que devemos estar dispostos a suportar. Cristo nos ordenou encaminhar os que são espiritualmente fracos, e nos torna responsáveis se, por nossa conduta, forem levados ao desânimo, desespero e ruína. A menos que cultivemos diariamente a tenra e preciosa planta do amor, correremos o risco de tornar-nos egoístas, apáticos, pessimistas e críticos, tendo-nos na conta de justos, quando estamos longe de ser aceitos aos olhos de Deus. Alguns são indelicados, ríspidos e severos. São como as cascas ouriçadas das castanhas, ferem ao mais leve toque, e fazem muito mal por isso que representam falsamente o caráter do amoroso Salvador. TS2 248 2 Temos de atingir um padrão mais elevado ou seremos indignos do nome de cristãos. Cumpre cultivarmos o espírito que Cristo manifestou em Seu esforço para salvar os que erram. Estes Lhe são tão caros como nós, e podem igualmente tornar-se troféus de vitórias de Sua graça e herdeiros de Seu reino. Mas estão expostos às ciladas de um inimigo astuto, ao perigo e corrupção, e sem a graça salvadora de Cristo, caminham para a ruína certa. Pudéssemos ver isto em sua plena realidade, quanto nosso zelo seria estimulado e nossos esforços redobrados para atingir essas pessoas que estão necessitando de nosso auxílio, orações, simpatia e amor! Trabalho abnegado por outros TS2 249 1 Possam os que se têm revelado negligentes nesta obra considerar sua responsabilidade em face do grande mandamento que diz: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Este dever impende sobre todos. De todos se requer que trabalhem, a fim de minorar os sofrimentos de seus semelhantes e aumentar-lhes as bênçãos. Se somos fortes em nossa resistência às tentações, cumpre-nos ajudar os que são fracos e a elas cedem. Se temos conhecimentos, devemos ensinar os ignorantes. Se Deus nos deu bens deste mundo, devemos com eles socorrer os pobres. Devemos trabalhar em prol de outros. Todos os que se encontram dentro da esfera de nossa influência, devem participar de todos os bens de que somos feitos depositários. Ninguém deve contentar-se com fruir os benefícios do evangelho, sem reparti-los com os que estão ao seu redor. TS2 249 2 Só vivem para Cristo e Lhe honram o nome os que são fiéis ao Mestre, buscando salvar os perdidos. A verdadeira piedade forçosamente há de traduzir-se naquele ardente anelo e diligente esforço do Salvador crucificado, para salvar aqueles por quem morreu. Quando nosso coração tiver sido enternecido e submetido pela graça de Cristo, quando arder com o senso da bondade e do amor de Deus, o amor, a simpatia e a benevolência dele se derramarão espontânea e ternamente sobre os outros. A verdade exemplificada na vida há de, como o fermento oculto, exercer seu poder sobre todos os que com ela entrarem em contato. TS2 249 3 Deus determinou, como único meio de crescer no conhecimento e na graça de Cristo, que o homem Lhe imite o exemplo e trabalhe como Ele trabalhou. Há de custar muito, às vezes, dominar os próprios sentimentos, a fim de não falar em tom que possa infundir desalento aos que se acham em tentações. Uma vida de oração e ações de graça, que faça incidir sua luz sobre a vereda de outros, não é possível sem decididos esforços. Mas esses esforços hão de ser recompensados, trazendo bênçãos não só ao que recebe como também ao que dá. TS2 250 1 O espírito de trabalho desinteressado em favor de outros, imprime ao caráter solidez e constância, revestindo-o da amabilidade de Cristo, e dá ao seu possuidor paz e ventura. Suas aspirações são enobrecidas, e não há nele lugar para a ociosidade e egoísmo. Os que cultivam as virtudes cristãs hão de crescer, desenvolver nervos e músculos espirituais e ser fortes em seu trabalho para Deus. Revelarão uma percepção espiritual aguda, fé crescente e poder triunfante na oração. Os que velam pelas almas e se consagram de todo à salvação dos que erram, operam o mais seguramente possível a sua própria salvação. TS2 250 2 Mas quanto este trabalho tem sido negligenciado! Se as idéias e sentimentos estivessem sempre assim votados a Deus, porventura teriam podido perecer almas, sob o império do erro e das tentações de modo tão insensível e descuidoso como aliás sucedeu? Não se teriam feito antes mais decisivos esforços, inspirados no amor e na humildade de Cristo, a fim de salvar essas almas errantes? Todos os que forem verdadeiramente devotados a Deus, hão de desempenhar-se com maior zelo da obra pela qual Ele fez o melhor que pôde, oferecendo por ela um sacrifício infinito -- a obra de salvar almas. É esta uma obra especial que se deve cultivar e custear, sem jamais afrouxar os esforços. Respirar a atmosfera do céu TS2 250 3 Deus convida Seu povo a despertar, abandonar a atmosfera glacial em que tem vivido, sacudindo energicamente as impressões e idéias que fizeram esfriar os sentimentos de amor, conservando-o numa inatividade egoísta. Convida-o a elevar-se acima do baixo nível terreno e a respirar a atmosfera luminosa do Céu. TS2 250 4 Nossos cultos divinos devem ser horas sagradas e preciosas. As reuniões de oração não devem ser feitas pelos irmãos uma oportunidade de se recriminarem e condenarem mutuamente, dando curso a sentimentos e expressões desafáveis e rudes. Jesus Se afastará das reuniões em que reinar esse espírito, e Satanás assumirá a direção delas. Não deve entrar ali nada que tenha um espírito menos benévolo ou cristão, pois o fim da reunião é achar graça e perdão diante do Senhor. E o Salvador advertiu claramente: "Com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mateus 7:2. Quem poderá colocar-se diante de Deus estribado num caráter impecável e numa vida pura? Como ousar, pois criticar ou condenar alguém a seus irmãos? Indivíduos cuja esperança de salvação está posta nos merecimentos de Cristo e devem buscar perdão na virtude de Seu sangue, têm o mais rigoroso dever de usar com os semelhantes de amor, compaixão e do espírito de perdão. TS2 251 1 Irmãos, a não ser que vos eduqueis a respeitar o lugar do culto, não recebereis nenhuma bênção de Deus. Podereis adorá-Lo, formalmente, mas será um culto destituído de espiritualidade. "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles", disse Jesus. Mateus 18:20. Todos devem sentir que estão na presença divina, cumprindo-lhes, em vez de se demorarem sobre os erros e as faltas de outros, fazer um consciencioso exame de seu próprio coração. Se tiverdes confissões a fazer de faltas próprias, cumpri o vosso dever, deixando aos outros que cumpram o deles. TS2 251 2 Cedendo à dureza de vosso próprio caráter e revelando um espírito incompassivo, afastareis os que devíeis conquistar. Vossa dureza fá-los perder o gosto das reuniões religiosas e tem muitas vezes como resultado a sua renúncia da verdade. Devíeis lembrar-vos de que vós mesmos tendes incorrido na censura de Deus, e que, condenando a outros, determinais a vossa própria condenação. Tendes um dever a cumprir, que é confessar a vossa própria falta de piedade. Que o Senhor comova o coração de cada membro da igreja, até que a Sua graça regeneradora seja manifesta na vida e no caráter de cada um. Então, reunindo-vos para o culto, não será mais a vossa preocupação criticar-vos mutuamente, e sim falar de Jesus e Seu amor. TS2 251 3 Nossas reuniões devem oferecer o maior interesse possível. Deve imperar ali a própria atmosfera do Céu. As orações e discursos não devem ser prolixos e enfadonhos, apenas para encher o tempo. Todos devem espontaneamente e com pontualidade contribuir com sua parte e, esgotada a hora, a reunião deve ser pontualmente encerrada. Deste modo será conservado vivo o interesse. Nisto está o culto agradável a Deus. Seu culto deve ser interessante e atraente, não se permitindo que degenere em formalidade insípida. Devemos dia a dia, hora a hora, minuto a minuto viver para Cristo; então Ele habitará em nosso coração e, ao nos reunirmos, seu amor em nós será como uma fonte no deserto, que a todos refrigera, incutindo nas almas esmorecidas um desejo ardente de sorver da água da vida. TS2 252 1 Não devemos depender de dois ou três membros para fazer o serviço da igreja. Devemos pessoalmente desenvolver uma fé forte e ativa para ajudar no avanço da obra de que fomos incumbidos. Devemos ser movidos por um interesse intenso e vivo ao interrogar a Deus: "Que queres que eu faça?" Como devo desempenhar-me de minha missão para o tempo e a eternidade? Devemos pessoalmente envidar todos os esforços no sentido de investigar a verdade, e servir-nos de todo meio ao alcance, que possa facilitar-nos a investigação atenta e devota das Escrituras Sagradas. Depois importa que sejamos santificados na verdade, a fim de podermos salvar almas. Remover a maledicência TS2 252 2 Fervorosos esforços devem ser empenhados em cada igreja, a fim de suprimir o espírito de calúnia e crítica, que é o que maior dano causa à igreja. A dureza e o hábito de criticar as faltas de outros devem ser reprovados como obra do diabo. Cumpre fomentar e robustecer nos crentes o amor e a confiança mútua. Oxalá que, movido pelo temor de Deus e amor dos irmãos, cada qual feche os ouvidos aos mexericos e acusações, apontando ao delator os ensinos da Palavra de Deus. Seja ele admoestado a obedecer às Escrituras, levando sua queixa diretamente às pessoas que supõe em falta. Esta maneira de agir, generalizada na igreja, daria em resultado uma plenitude de luz e bênção, fechando a porta a um dilúvio de males. Deus seria assim glorificado e muitas almas salvas. TS2 253 1 A advertência da fiel Testemunha, dirigida à igreja de Sardes, reza como segue: "Tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te." Apocalipse 3:1-3. O pecado especialmente atribuído a essa igreja era que deixara de confirmar os que estavam prestes a morrer. Porventura esta advertência não se aplicaria também a nós? Examinemos individualmente nosso coração à luz da Palavra Divina e seja todo o nosso empenho pôr em ordem nossa vida diante de Deus com o auxílio de Cristo. Membros da igreja -- Coobreiros de Deus TS2 253 2 Deus realizou Sua parte no plano de salvar o homem e convida agora a igreja a colaborar com Ele. De um lado estão o sangue de Cristo, a Palavra da verdade e o Espírito Santo; do outro, as almas que perecem. Cada discípulo de Cristo tem uma parte a desempenhar nesse plano, a fim de induzir os homens a aceitarem as bênçãos que o Céu lhes provê. Façamos uma indagação minuciosa a ver se temos cumprido essa nossa parte. Examinemos os motivos e todos os atos de nossa vida. Porventura não se nos deparam aí muitos quadros pouco recomendáveis? Muitas vezes recorrestes ao perdão de Jesus, sentindo a necessidade de Sua simpatia e amor. Mas acaso não tendes negligenciado revelar a outros esse mesmo espírito com que Jesus vos tratou? Tendes experimentado alguma preocupação por pessoas que trilhavam veredas proibidas, buscando admoestá-las com bondade? Chorastes e orastes por elas e com elas, revelando-lhes por palavras e atos que as amáveis e desejáveis salvar? Estando em contato com pessoas que sucumbiam ao peso de fraquezas e maus hábitos, porventura as abandonastes a si próprias quando podíeis ter-lhes prestado o indispensável auxílio? Porventura não passastes de largo à vista dessas pessoas, ao passo que o mundo acudia, solícito, a manifestar-lhes simpatia e prendê-las nos laços de Satanás? Estáveis prontos, como Caim, a justificar-vos dizendo: "Sou eu guardador do meu irmão?" Gênesis 4:9. Como reputará o Mestre essa vossa obra e considerará essa vossa indiferença para com os que se desviaram do caminho reto, quando tem cada alma por preciosa, visto a ter comprado com Seu sangue? Acaso não temeis que vos abandone, assim como abandonastes a essas almas? Podeis estar certos de que o atalaia fiel, colocado sobre a casa de Deus, registra toda negligência. TS2 254 1 Porventura Cristo e Seu amor não foram gradualmente excluídos de vossa vida, até que a mera forma houvesse substituído ao culto do coração? Onde está o fervor que sentíeis em vossa alma à menção do nome de Jesus? Quão ardente era vosso amor pelas almas, quando pela primeira vez vos consagrastes a Ele! Com que zelo buscáveis então representar-lhes esse amor de vosso Mestre! O arrefecimento desse amor tornou-vos frios, críticos e severos. Empenhai-vos em recuperá-lo e buscai então conduzir almas para Cristo. Se vos recusardes, virão outros com menos luz e experiência e que têm tido menos oportunidades, e tomarão vosso lugar para executar aquilo que negligenciastes; porque a obra de salvar os tentados, provados e prestes a perecer, terá de ser feita. Cristo oferece esse serviço à Sua igreja; quem está disposto a aceitá-lo? TS2 254 2 Deus não esqueceu as boas obras e atos abnegados que Sua igreja praticou no passado; esses estão registrados no Céu. Mas isto não basta; estas coisas não salvarão a igreja se ela deixar de cumprir sua missão. Se não cessarem a cruel negligência e o indiferentismo manifestos no passado, a igreja, em vez de caminhar de força em força, continuará a degenerar-se em fraqueza e formalidade. Convém deixar que isso suceda? Deve perdurar esse estado de entorpecimento espiritual e o contínuo arrefecimento do zelo e amor? Deve Cristo surpreender a igreja nesse estado? TS2 255 1 Irmãos, vossas lâmpadas entrarão sem dúvida a bruxulear e sua luz se apagará, se não fizerdes decidido esforço no sentido de vossa regeneração. "Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras." A oportunidade que ora é oferecida pode durar pouco. Se o tempo de graça e arrependimento se escoar sem ser aproveitado, soará a advertência: "Brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal." Apocalipse 2:5. Estas são palavras proferidas por Aquele que é longânimo e paciente. Envolvem solene advertência à igreja e a cada crente, individualmente, lembrando-lhes que o Guarda de Israel, que não dormita, lhes observa os atos. É à Sua longanimidade que devem o não terem sido ainda cortados como os que ocupam inutilmente o terreno. Mas Seu Espírito não contenderá continuamente, Sua paciência não durará por muito tempo mais. Avivamento do primeiro amor TS2 255 2 Vossa fé tem de provar-se alguma coisa mais do que tem sido até aqui, ou sereis pesados na balança e achados em falta. A decisão final do Juiz no último dia se guiará pelo interesse e zelo que tivermos manifestado no trabalho pelos necessitados, tentados e oprimidos. Não podeis passar de largo por eles e entrar como remidos na cidade de Deus. "Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a Mim." Mateus 25:45. TS2 255 3 Ainda não é tarde demais para reparar as negligências do passado. Cumpre haver um reavivamento do primeiro amor e do primeiro zelo. Buscai os que tendes repelido, e pela vossa confissão atai as feridas que lhes causastes. Aproximai-vos do grande Coração que arde em amor compassivo, deixando que as torrentes da compaixão divina se vos infiltrem na alma e daí se derramem sobre vossos semelhantes. Tomai por exemplo a terna simpatia e compaixão manifestadas na vida de Jesus, guiando-vos por elas no trato de vossos semelhantes e principalmente de vossos irmãos em Cristo. Muitos se tornaram fracos e desalentados no ardor da luta, aos quais palavras de simpatia e animação teriam ajudado a vencer. Guardai-vos sempre de vos tornardes frios, negligentes, apáticos, propensos a censurar. Não deixeis passar desaproveitada a oportunidade de dizer palavras confortantes que inspirem confiança. Não é possível prever o alcance das palavras boas e amáveis que proferirmos, de qualquer esforço sincero feito para aliviar as cargas aos nossos semelhantes. Certo é, porém, que os errantes só podem ser encaminhados com um espírito de mansidão, bondade e terna simpatia. TS2 256 1 Deus tem pessoas preciosas em Sua igreja; há também homens e mulheres que são como o joio entre o trigo. Mas o Senhor não vos dá, a vós e a quem quer que seja, o encargo de dizer quem é joio e quem é trigo. Podemos ver e condenar as faltas dos outros, ao passo que temos faltas maiores, que nunca reconhecemos, mas que são distintamente vistas pelos outros. -- Testimonies for the Church 5:333, 334 (1885). TS2 256 2 Deus não considera de igual magnitude todos os pecados; há graus de culpa em Sua avaliação, assim como na dos finitos homens. Mas, por insignificante que este ou aquele erro no seu procedimento possa parecer aos olhos dos homens, pecado algum é pequeno à vista de Deus. Os pecados que o homem está disposto a considerar pequenos, podem ser os mesmos que Deus tem como grandes crimes. O beberrão é desprezado e dizem-lhe que seu pecado o excluirá do Céu, ao passo que o orgulho, o egoísmo e a cobiça não são repreendidos. Mas estes são pecados especialmente ofensivos a Deus. Ele "resiste aos soberbos", e diz-nos Paulo que a avareza é idolatria. Os que conhecem as denúncias contra a idolatria, feitas na Palavra de Deus, verão desde logo quão grave ofensa é esse pecado. -- Testimonies for the Church 5:337 (1885). ------------------------Capítulo 37 -- A prosperidade da igreja TS2 257 1 Onde estiver o Espírito do Senhor aí se notará mansidão, paciência, bondade, longanimidade. O verdadeiro discípulo de Cristo esforçar-se-á por imitar Seu exemplo. Cogitará em fazer a vontade de Deus na Terra como é feita nos Céus. Aqueles cujo coração está ainda contaminado com pecado, não poderão ser zelosos de boas obras. Esses infringem ainda os primeiros quatro preceitos do Decálogo, que resumem o dever do homem para com Deus; como também não cumprem os últimos seis, que definem os deveres de homem para homem. Seu coração está cheio de egoísmo, e constantemente pretendem descobrir faltas em outros que são melhores do que eles. Propondo-se efetuar o que lhes não foi incumbido por Deus, deixam de fazer o que lhes compete, como ter cuidado de si mesmos para que neles não brote alguma raiz de amargura, perturbando a igreja e contaminando-a. Seus olhos, que deviam estar voltados para o seu interior, a fim de ver os próprios erros e defeitos, divagam por fora, espreitando os outros, para descobrir-lhes os defeitos de caráter. Se expurgassem o coração do próprio eu, da inveja, da malícia e da suspeita, não se assentariam na cadeira de juiz, a fim de sentenciar outros que aos olhos de Deus têm maior merecimento. TS2 257 2 Aquele que se propõe reformar os semelhantes, deve começar reformando-se a si próprio. Deve imbuir-se do espírito do Mestre e estar pronto, como Ele, a suportar a advertência e a exercer abnegação. Comparado com o valor de uma única alma, o mundo inteiro se reduz a uma insignificância. O desejo de exercer autoridade e dominar sobre a herança do Senhor redunda, quando cultivado, na destruição de almas. O que ama deveras a Jesus há de procurar conformar-se ao Seu divino exemplo, trabalhando no Seu espírito para salvação de outros. TS2 258 1 Para reaver para Si o homem e assegurar-lhe a eterna salvação, Cristo abandonou a corte celestial e veio à Terra, onde por ele padeceu ignomínia, morrendo para libertá-lo. À vista do preço infinito que pagou pelo seu resgate, como ousará alguém, que professa o nome de Cristo, tratar com indiferença ao mais humilde de Seus discípulos? Quão circunspectos devem ser na igreja os irmãos e irmãs, tanto nas palavras como nas ações, a fim de não prejudicar o azeite e o vinho! Com que paciência, bondade e carinho devem tratar os que foram remidos com o sangue de Cristo! Com que diligência e solicitude devem esforçar-se por realentar os abatidos e desanimados! Com que ternura devem tratar os que se esforçam por obedecer à verdade e que, não tendo quem os anime em sua família, são obrigados a respirar constantemente uma atmosfera de incredulidade e trevas! Como convém tratar os que erram TS2 258 2 Quando se supõe que um irmão errou, não se deve fazer de seu caso um assunto para a curiosidade, comentando o fato e ampliando a falta cometida. Essas práticas são freqüentes e o resultado é que os indivíduos que isto fazem incorrem no desagrado de Deus, exultando Satanás por conseguir assim debilitar e prejudicar os que deviam ser fortes no Senhor. O mundo nota essas fraquezas, e julga essa gente e a verdade que ela professa pelos frutos que ostenta. TS2 258 3 "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo; aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao Senhor; aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda. Aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente; quem faz isto nunca será abalado." Salmos 15. Ao caluniador será, pois, vedado habitar no tabernáculo de Deus e morar no santo monte de Sião. O que aceita algum opróbrio contra o seu próximo, não pode ter a aprovação divina. TS2 259 1 Quantas vezes tem acontecido ministros serem chamados de algum trabalho importante, pelo qual almas estavam sendo convertidas a Deus e à Sua verdade, a fim de aplainar dificuldades suscitadas na igreja por irmãos que estavam em erro e revelavam um espírito contencioso e prepotente! TS2 259 2 Isto de afastar ministros de seu campo de trabalho, constantemente se tem verificado na prossecução da obra e é uma astúcia empregada pelo grande adversário, a fim de impedir-lhe o progresso. Quando almas que estão a ponto de decidir-se a favor da verdade, são assim abandonadas a influências desfavoráveis, perdem o interesse e só raras vezes se conseguirá tornar a exercer sobre elas uma impressão decisiva. Satanás constantemente projeta qualquer ardil, a fim de em tempos críticos como esse afastar do campo de trabalho o ministro e inutilizar assim o seu serviço. TS2 259 3 Há na igreja pessoas não convertidas, profanas, que cogitam menos da salvação de seus semelhantes do que de sustentar sua própria opinião e dignidade. Sobre essas Satanás influi para suscitarem dificuldades que tomem o tempo e o trabalho do ministro, e muitas almas se percam em conseqüência disto. TS2 259 4 Achando-se os membros de uma igreja divididos quanto a seus sentimentos, endurece-se-lhes o coração e se tornam insensíveis. Os esforços do ministro são como golpes de martelo em ferro frio, somente conseguindo tornar a cada qual mais obstinado em seu caminho. Deste modo o ministro fica colocado em situação pouco invejável, porque, por mais sabiamente que proceda, sua decisão fatalmente desagradará a uns e outros, e fica reforçado o partidarismo. TS2 259 5 Se por acaso o pregador está hospedado em casa de alguma família, os outros ficarão com receio de que receba impressões desfavoráveis com respeito a eles. Se dá algum conselho, dizem: fulano ou sicrano falou com ele e suas palavras ficam sem efeito. Encastelados em tais desconfianças e suspeitas, o pregador fica à mercê de seus preconceitos e ciúmes, e não raro terá de abandonar o caso em pior estado do que estivera antes. Tivesse se recusado a ouvir as declarações partidárias de uns contra outros, limitando-se a ministrar alguns conselhos de acordo com a Bíblia, dizendo como outrora Neemias: "Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer" (Neemias 6:3), a igreja teria ficado em bem melhor condição. TS2 260 1 Os ministros e leigos desagradam a Deus, permitindo a indivíduos falar-lhes acerca dos erros e defeitos de seus irmãos. Não deveriam atender a essas informações, mas sim inquirir: Acaso fizeste como manda o Salvador? Foste ter com o teu ofensor, advertindo-o de suas faltas entre ti e ele só? E recusou ouvir-te? Tomaste contigo, depois de orar sobre o caso, duas ou três testemunhas, buscando convencê-lo com ternura, humildade e mansidão, e com o coração palpitante de simpatia por ele? TS2 260 2 Se as ordens de Cristo, no tocante à norma a seguir em tais casos, foram estritamente obedecidas, ainda há um terceiro passo a dar -- dize-o à igreja e deixa que ela trate do caso de acordo com as Escrituras. Se ela, pois, decidir excluir o ofensor por sua impenitência, Deus lhe aprovará a decisão. Se, porém, o caso não foi tratado desse modo, fecha os ouvidos a todas as queixas e recusa-te a aceitar qualquer opróbrio contra o teu semelhante. Se houvesse irmãos que energicamente assim procedessem, as línguas más em breve se calariam, porque não encontrariam ambiente favorável para sua obra de se morderem e devorarem uns aos outros. Eleição de oficiais TS2 260 3 Escreve o apóstolo Paulo a Tito: "Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus." Tito 1:5-7. Convém que os nossos ministros considerem essas palavras e não ponham alguém a exercer um cargo sem muita reflexão e oração, para que Deus, pelo Seu Espírito, possa designar a pessoa de Sua aceitação. TS2 261 1 Diz o apóstolo inspirado: "A ninguém imponhais apressadamente as mãos." 1 Timóteo 5:22. Em algumas de nossas igrejas se passou demasiado cedo à organização de igrejas e ordenação de anciãos, com manifesto desprezo da regra estabelecida na Bíblia. Em conseqüência, surgiram grandes dificuldades na igreja. Não se devem eleger e ordenar dirigentes que se não provarem aptos para essa obra de responsabilidade e que primeiro precisam ser convertidos, educados e enobrecidos, a fim de poderem servir na causa de Deus em qualquer ramo. TS2 261 2 A rede do evangelho recolhe bons e maus. É preciso tempo para desenvolver o caráter e experiência, para se conhecerem verdadeiramente os homens. Também cumpre tomar em consideração a família daquele que foi sugerido para exercer algum cargo na igreja. Está ela sujeita? Governa o homem a sua própria casa com honra? Qual é o caráter de seus filhos? Farão eles honra à influência do pai? Se este não revelar tato, sabedoria e virtude no governo de sua própria família, é justo concluir que os mesmos defeitos de sua parte se hão de fazer sentir também na igreja, verificando-se aí o mesmo governo incapaz. É muito melhor provar o homem antes de receber um cargo do que depois; é preferível orar e tomar conselho antes de sua investidura a esforçar-se depois para reparar um ato imprudente. TS2 261 3 Nalgumas igrejas, o dirigente não possui as qualidades indispensáveis para adestrar os membros da igreja para o trabalho. Não se empregam o tato e o bom senso necessários para manter vivo o interesse pela obra de Deus. O dirigente é indolente, moroso, prolixo, estende-se muito em suas orações em público; não mantém com Deus comunhão viva que lhe proporcionaria novas experiências. TS2 261 4 Os dirigentes de igrejas devem em toda parte ser pessoas diligentes, zelosas e desinteressadas, homens de Deus, capazes de dar à obra uma orientação correta. Devem levar suas petições a Deus com fé. À oração particular poderão dedicar o tempo que lhes aprouver, mas em público suas orações e testemunhos devem ser breves e substanciais. Cumpre evitar orações e exortações longas e insípidas. Se os irmãos e irmãs se propõem dizer alguma coisa com o fim de animar e edificar outros, isto deve vir de coração. Precisam viver todos os dias unidos com Deus, tirando seus suprimentos do inexaurível repositório, a fim de poderem expor coisas novas e velhas. Se sua própria alma tiver sido vivificada pelo Espírito de Deus, estarão no caso de alegrar, esforçar e animar outros; se, porém, não tiverem sorvido da fonte de salvação eles próprios, não serão aptos para aí conduzir outros. TS2 262 1 Aos que abraçam a teoria da verdade cumpre fazer compreender a necessidade de religião experimental. Aos ministros importa terem a própria alma vinculada ao amor de Deus, para poderem impressionar o povo com a necessidade de uma consagração pessoal, de uma conversão individual. Todos devem adquirir para si mesmos uma experiência viva. Cumpre-lhes ter Cristo no coração e o Espírito de Cristo moderando-lhes as inclinações, ou sua profissão não terá nenhum valor e seu estado será pior do que antes de terem ouvido a verdade. TS2 262 2 Para os pequenos grupos que abraçam a verdade, importa fazer arranjos que garantam a prosperidade da igreja. Poder-se-á nomear uma pessoa para dirigi-lo durante uma semana ou um mês, depois outra por algumas semanas, e assim diversas pessoas poderão sucessivamente ser experimentadas para depois se proceder a uma escolha judiciosa por voto da igreja da que se provar mais apta, para assumir as funções de dirigente; nunca, porém, por mais tempo do que um ano. Poderá então ser eleita outra ou a mesma pessoa poderá ser reeleita, caso o seu serviço se tenha provado uma bênção para a igreja. O mesmo princípio cumpre seguir na escolha de pessoas para outros cargos de responsabilidade, como os das associações. Homens não experimentados não devem ser eleitos presidentes de associações. Muitos agem sem discernimento em negócio importante como este que implica interesses eternos. Influência de uma igreja unida na salvação de almas TS2 263 1 Professamos ser os depositários da lei de Deus; pretendemos ter maior luz e aspirar a um ideal mais elevado do que os outros povos da Terra, mas por isso mesmo devemos revelar maior perfeição de caráter e mais diligente piedade. Aos que têm abraçado a presente verdade está confiada uma importantíssima mensagem. Cumpre fazer resplandecer nossa luz, a fim de alumiar a vereda dos que se acham em trevas. Como membros da igreja visível e obreiros na vinha do Senhor, todos os cristãos professos devem fazer tanto quanto possível para preservar a paz, e a harmonia e o amor na igreja. Notai a oração de Cristo: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:21. A unidade da igreja é a prova convincente de que Deus enviou Jesus ao mundo para o salvar; um argumento que os ímpios não poderão controverter. É por isso que Satanás se esforça continuamente por prevenir esta união e harmonia entre os crentes, a fim de os descrentes, observando essa apostasia, essa dissensão e essa contenda que reina entre os cristãos professos, aborrecerem a religião e serem confirmados na sua impenitência. Deus é desonrado pelos que, professando a verdade, alimentam entre si divergências e discórdias. Satanás é o grande acusador dos irmãos, e todos os que assim procedem se acham alistados ao seu serviço. TS2 263 2 Alegamos possuir maior soma de verdades do que as outras igrejas; porém, se esta convicção não conduzir a maior consagração de nossa parte, e a uma vida mais pura e mais santa, de que proveito será? Melhor seria nesse caso que nunca tivéssemos recebido a luz da verdade do que, professando aceitá-la, não sermos por ela santificados. TS2 264 1 Para podermos avaliar a importância dos interesses implicados na conversão da alma, do erro para a verdade, cumpre saber apreciar o valor da imortalidade e avaliar os sofrimentos da segunda morte. Devemos poder formar uma idéia da honra e da glória que Deus destina aos remidos e do que significa viver em presença dAquele que morreu para elevar e enobrecer o homem e conferir ao vencedor um diadema real. TS2 264 2 O valor de uma alma não pode ser devidamente apreciado pela mente finita. Quão reconhecidos e gratos os remidos e os glorificados hão de um dia recordar-se dos que serviram de instrumentos para a sua salvação! Ninguém se arrependerá então dos esforços abnegados, dos trabalhos perseverantes, da paciência, da renúncia e dos anelos ardentes pelas almas, que aliás podiam ter perecido se tivessem negligenciado o seu dever ou se cansado de fazer bem. TS2 264 3 Entretanto, essas almas, trajando brancas vestes, se acham agora entre o rebanho do grande Pastor. O fiel obreiro e a alma que foi salva por seu trabalho, são saudados junto ao trono do Cordeiro e conduzidos à árvore da vida e às fontes de água viva. Com que regozijo o servo de Cristo contemplará esses remidos que então compartilham a glória do Redentor, e quanto mais glorioso será o Céu para os que se tiverem provado fiéis na obra de salvar almas! "Resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente." Daniel 12:3. ------------------------Capítulo 38 -- O pecado contra o Espírito Santo TS2 265 1 Irmão P, o irmão pergunta se cometeu o pecado que não tem perdão nesta vida nem na vida por vir. Respondo: Não vejo a menor evidência de ser esse o caso. Que constitui o pecado contra o Espírito Santo? -- Está em voluntariamente atribuir a Satanás a obra do Espírito Santo. Por exemplo: Suponhamos que alguém seja testemunha de uma nova manifestação especial do Espírito de Deus. Possui prova convincente de que o fato está em harmonia com as Escrituras, e o Espírito testemunha com seu espírito que é de Deus. Depois, entretanto, a pessoa cai em tentação; orgulho, convencimento, ou qualquer outro mau traço, a dominam; e, ao rejeitar todas as provas de seu divino caráter, declara que tudo o que antes reconhecera como sendo o poder do Espírito Santo era apenas o de Satanás. É por meio de Seu Espírito que Deus opera no coração humano; e quando o homem voluntariamente rejeita o Espírito, e declara ser o de Satanás, intercepta o conduto por meio do qual Deus Se pode comunicar com ele. Pela negação da prova que Deus Se dignou conceder-lhe, apaga a luz que lhe estivera a brilhar no coração, e, como resultado, é deixado em trevas. Assim se verificam as palavras de Cristo: "Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" Mateus 6:23. Por algum tempo, pessoas que tenham cometido este pecado podem parecer serem filhos de Deus; mas quando surgem circunstâncias destinadas a desenvolverem o caráter e mostrar de que espírito são, ver-se-á que se acham no terreno do inimigo, arregimentados sob sua negra bandeira. TS2 266 2 Meu irmão, o Espírito convida-o hoje. Chegue-se a Jesus, de todo o coração. Arrependa-se de seus pecados, faça confissão a Deus, abandone toda a iniqüidade, e poderá apropriar-se de todas as Suas promessas. "Olhai para Mim, e sereis salvos" (Isaías 45:22), é Seu precioso convite. TS2 266 1 Dia virá em que a terrível sentença da ira de Deus será pronunciada contra todos os que persistiram em sua deslealdade para com Ele. Isto será quando Deus tiver que falar e fazer coisas terríveis, em justiça, contra os transgressores de Sua lei. Mas o irmão não precisa estar entre aqueles que estarão sujeitos à ira de Deus. É agora o dia de Sua salvação. A luz da cruz do Calvário está agora resplandecendo em raios claros e brilhantes, revelando Jesus, nosso Sacrifício pelo pecado. Ao ler as promessas que lhe expus, lembre-se de que são a expressão de indescritível amor e piedade. O grande coração de Amor infinito é atraído para o pecador, com ilimitada compaixão. "Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas." Efésios 1:7. Sim, creia tão-somente que Deus é seu Ajudador. Ele quer restaurar Sua imagem moral no homem. Ao se aproximar dEle, com confissão e arrependimento, Ele Se aproximará do irmão, com misericórdia e perdão. Tudo devemos ao Senhor. É Ele o Autor de nossa salvação. Ao operar o irmão sua salvação com temor e tremor, "Deus é O que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". ------------------------Capítulo 39 -- A presença de Deus, uma realidade TS2 267 1 Prezado irmão Q: Folgo de que o irmão esteja hoje em _____, e se honrar o seu legado, será o homem certo no certo lugar (the right man in the right place). Conserve fora de vista o próprio eu; não permita que ele se apresente, para manchar a obra, embora isso seja natural. Ande humildemente com Deus. Trabalhemos pelo Mestre com energia desinteressada, tendo presente uma intuição da constante presença de Deus. Pense em Moisés, na perseverança e paciência que lhe caracterizaram a vida. Paulo, em sua epístola aos hebreus, diz: "Ficou firme, como vendo o Invisível." Hebreus 11:27. O caráter que Paulo assim imputa a Moisés não indica simples resistência passiva ao mal, mas perseverança no bem. Tinha sempre presente o Senhor, e o Senhor estava sempre à sua mão direita para o ajudar. TS2 267 2 Tinha Moisés uma profunda intuição da presença pessoal de Deus. Não só olhava através dos séculos, aguardando a manifestação de Cristo na carne, mas viu a Cristo de maneira especial acompanhando os filhos de Israel em todas as suas peregrinações. Deus lhe era real, sempre presente em seus pensamentos. Quando mal compreendido, quando chamado a enfrentar perigo e suportar insultos por amor de Cristo, sofreu-o sem vingança. Moisés cria em Deus como Aquele de quem ele necessitava, e que o ajudaria por causa de sua necessidade. Era-lhe Deus um auxílio presente. TS2 267 3 Grande parte da fé que presenciamos é meramente nominal; é rara a fé real, confiante e perseverante. Moisés realizou em sua própria experiência a promessa de que Deus há de ser um galardoador dos que O buscam diligentemente. Tinha ele respeito para com o galardão da recompensa. Aqui está outro ponto que desejamos estudar, acerca da fé: Deus recompensará o homem de fé e obediência. Se essa fé for introduzida na experiência da vida, ela habilitará a quem quer que tema e ame a Deus, a suportar as provas. Moisés era cheio de confiança em Deus porque tinha uma fé que se apropriava das bênçãos. Ele precisava de auxílio, e por ele orou, apoderou-se dele pela fé, e entreteceu em sua experiência a crença de que Deus dele cuidava. Cria que Deus lhe regia a vida, particularmente. Viu e reconheceu a Deus em cada pormenor de sua vida e sentia estar sob o olhar dAquele que tudo via, que pesa os motivos, que prova o coração. Olhava a Deus e nEle confiava quanto à força para atravessar toda forma de tentação sem se corromper. ... Ele sabia que lhe fora designada uma obra especial, e desejava, quanto possível, tornar essa obra um êxito completo. Mas sabia que não poderia isso fazer sem o auxílio divino, pois tinha que tratar com um povo perverso. A presença de Deus era suficiente para conduzi-lo através das situações mais probantes em que um homem possa ser colocado. Fé que suporta a prova TS2 268 1 Moisés não só pensava em Deus; ele O via. Deus era a constante visão que tinha presente; nunca Lhe perdeu de vista a face. Via a Jesus como seu Salvador, e cria que os méritos do Salvador lhe seriam imputados. Essa fé não era para Moisés simples conjectura; era uma realidade. Esta é a espécie de fé de que carecemos, fé que há de suportar a prova. Oh! quantas vezes cedemos à tentação porque não mantemos os olhos fitos em Jesus! Nossa fé não é contínua porque, mediante a condescendência com nós mesmos, pecamos, e então não podemos perseverar, "como vendo o Invisível". TS2 268 2 Meu irmão, faça de Cristo seu Companheiro de cada dia, cada hora, e não se queixará de que não tem fé. Contemple a Cristo. Olhe a Seu caráter. Fale a Seu respeito. Quanto menos se exaltar a si mesmo, tanto mais verá em Jesus digno de exaltar. Deus tem uma obra para o irmão fazer. Mantenha o Senhor sempre presente. Irmão e irmã Q., elevai-vos mais e mais, em busca de mais claras visões do caráter de Cristo. Quando Moisés orou: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória", o Senhor não o repreendeu, mas atendeu-lhe a oração. Declarou Deus ao Seu servo: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti, e apregoarei o nome do Senhor diante de ti." Nós nos mantemos afastados de Deus, e por isso é que não vemos as manifestações de Seu poder. ------------------------Capítulo 40 -- Natureza e influência dos testemunhos TS2 270 1 À proporção que se avizinha o fim, e a obra, que tem por objetivo transmitir ao mundo a última advertência, continua a estender-se, vai-se tornando mais importante para os que abraçaram a verdade, possuir uma compreensão clara tanto da natureza como da influência dos Testemunhos que Deus, em Sua providência, vinculou à obra da terceira mensagem angélica desde a sua origem. Nas páginas que vão seguir-se serão apresentados trechos do que escrevi durante os últimos quarenta anos com relação à minha própria experiência dos primeiros tempos nesta obra especial, bem como os fatos que Deus me tem revelado, não só quanto à natureza e importância dos Testemunhos, como também em relação ao modo por que foram dados e o conceito em que devem ser tidos. TS2 270 2 Minha primeira visão, foi-me dada não muito depois de 1844. Achava-me em visita a uma irmã em Cristo cujo coração estava cingido ao meu. Éramos cinco pessoas, todas mulheres, reverentemente curvadas ante o altar da família. Enquanto orávamos, o poder de Deus desceu sobre mim como antes não o experimentara ainda. Pareceu-me estar rodeada de luz, e ir-me elevando acima da Terra. Nessa ocasião tive uma visão da experiência dos crentes adventistas, da vinda de Cristo e do galardão destinado aos justos. TS2 270 3 Numa segunda visão, que se seguiu logo à primeira, foram-me reveladas as provas por que teria de passar, e o dever que tinha de referir a outros o que Deus me revelara. Foi-me mostrado que a minha obra havia de defrontar grande oposição, e que o meu coração seria dilacerado por angústias, mas que a graça de Deus bastaria para sustentar-me em todos os transes. A instrução recebida nessa visão afligiu-me sobremaneira, porquanto me determinava o dever de ir para o meio do povo, a fim de apresentar-lhe a verdade. TS2 271 1 O que sobremodo me afligia era o receio de que, se obedecesse aos ditames do dever e saísse a apresentar-me como alguém que fora favorecido pelo Altíssimo com visões e revelações para o Seu povo, poderia ser arrastada a uma exaltação pecaminosa e a pretender uma posição que me não era lícito ocupar, incorrendo assim no desagrado de Deus e perdendo a minha alma. Tinha diante dos olhos diversos exemplos do que aqui descrevo e minha alma recuava espavorida ante essa difícil prova. TS2 271 2 Roguei então insistentemente a Deus que, se me fosse preciso relatar o que me havia revelado, Se dignasse preservar-me da exaltação própria. Disse-me então o anjo: "Tuas orações foram atendidas, e hão de cumprir-se. Quando te vires ameaçada do perigo que temes, a mão de Deus estará estendida para salvar-te: por meio de aflições te atrairá a Si, conservando-te humilde. Desempenha-te com fidelidade da incumbência. Persevera até o fim, e saborearás o fruto da árvore da vida e beberás da água da vida." TS2 271 3 Por esse tempo o fanatismo se apoderara de alguns dentre os que tinham abraçado a primeira mensagem. Sustentavam-se graves erros de doutrina e de prática religiosa, e alguns estavam prontos a condenar fosse quem fosse que não partilhasse o seu modo de ver. Esses erros me foram revelados em visão, enviando-me o Senhor a esses filhos desviados para que lhos declarasse; no desempenho dessa missão, porém, defrontei dura oposição e rijas exprobrações. TS2 271 4 Tornou-se-me uma pesada cruz contar a essas criaturas transviadas o que me fora mostrado com relação a elas. Causava-me profunda mágoa ver outros angustiados ou tristes; e, ao ser obrigada a transmitir uma mensagem, procurava muitas vezes suavizá-la e fazê-la aparecer aos indivíduos tão favorável quanto possível; depois me retraía para algum lugar escuso para desafogar em pranto o meu espírito agoniado. Considerava os que só tinham a cuidar de sua própria alma e dizia comigo mesma que, se estivesse nas condições deles, não murmuraria. Era duro transmitir os Testemunhos claros e incisivos que de Deus recebia. Ansiosamente aguardava o resultado, e se as pessoas, a quem dizia respeito a reprimenda, contra ela se revoltavam e posteriormente entravam a combater a verdade, me propunha mentalmente estas perguntas: Ter-me-ia eu desempenhado devidamente da mensagem? Não haveria absolutamente meio de salvá-las? E então me sobrevinha à alma uma angústia tamanha, que muitas vezes senti que a morte seria uma mensageira bem-vinda e a sepultura um descanso propício. TS2 272 1 Eu não compreendia o perigo e o pecado que esse procedimento da minha parte envolvia, até que numa visão fui arrebatada à presença de Jesus. Olhou-me com desagrado. O terror e a agonia que experimentei é impossível descrever. Caí diante dEle sobre o meu rosto, mas senti-me incapaz de proferir uma palavra. Quanto eu desejava poder fugir e ocultar-me daquele sobrecenho carregado! Pude apreciar então até certo ponto os sentimentos dos que se perdem, quando vierem a exclamar: Montes e rochedos, "caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro"! Apocalipse 6:16. TS2 272 2 Momentos depois um anjo ordenou-me que me erguesse, e então meus olhos contemplaram uma cena que é difícil descrever. Diante de mim estava uma multidão de pessoas de cabelos desgrenhados e vestidos rotos, tendo estampada no rosto a expressão do desespero e do terror. Vieram até bem perto de mim, roçando os seus vestidos pelos meus. Quando deitei um olhar às minhas vestes, notei que estavam manchadas de sangue. Tornei a cair como que fulminada aos pés do anjo que me acompanhava. Não tinha a alegar uma única desculpa sequer, e só desejava que estivesse longe desse lugar santo. Entretanto, o anjo ajudou-me a suster-me de pé, e disse: "Não é este o teu caso presentemente; mas esta cena foi desenrolada aos teus olhos para te fazer conhecer qual virá a ser a tua situação, se hesitares em declarar aos outros o que o Senhor te revelou." Com esta solene advertência presente ao espírito, saí para falar ao povo as palavras de reprovação e ensinamento que o Senhor me comunicara. Testemunhos individuais TS2 272 3 As mensagens que me foram comunicadas para indivíduos, eu as tenho às vezes lançado sobre papel, fazendo-o quase sempre a insistente pedido das pessoas a quem diziam respeito. À medida que o meu trabalho se estendia, isto se tornou uma parte considerável e laboriosa das minhas ocupações. Antes da publicação do Testemunho N. 15, numerosos pedidos me foram dirigidos por parte de pessoas que eu aconselhara e repreendera, para dar-lhes esses testemunhos por escrito; sentia-me, porém, de tal forma prostrada em virtude de trabalhos exaustivos, que recuei diante da tarefa, tanto mais que sabia que muitas dessas pessoas eram absolutamente indignas, e que pouca esperança havia de que as advertências recebidas operassem nelas uma mudança decisiva. Nesse tempo recebi grande animação do seguinte sonho que tive: TS2 273 1 Alguém me trouxe uma peça de um tecido branco e me incumbiu de cortar dele vestidos para pessoas de todos os tamanhos, de todas as condições e de todos os feitios. Foi-me ordenado que os cortasse e os deixasse prontos para serem feitos, quando reclamados. Tive a impressão de que muitos daqueles para os quais fora incumbida de cortar vestidos, não os mereciam. Indaguei então se esta era a última peça de tecido que tinha a cortar, ao que me foi respondido que não; que tão depressa houvesse acabado essa, havia ainda outras para cortar. Senti-me desanimar ante o acúmulo de trabalho que vi diante de mim; verifiquei que estivera empenhada em talhar vestidos durante mais de vinte anos e que o meu trabalho não fora apreciado; também não podia ver que houvesse sido de grande benefício. Falei então à pessoa, que me trouxera os tecidos, aludindo particularmente a uma mulher, para a qual tinha sido incumbida de talhar um vestido. Observei-lhe que não saberia apreciar o vestido e que presenteá-la com o mesmo seria perder tempo e fazenda. Era muito pobre, de inteligência obtusa, desordenada nos hábitos, de sorte que havia de sujá-lo muito breve. TS2 273 2 A pessoa a quem falava respondeu-me: "Corta o vestido. É este o teu dever. O prejuízo não é teu, senão meu. Deus não vê conforme os homens vêem. Ele distribui o trabalho que deseja ver feito, e não sabes qual deles prosperará, se este ou aquele. ..." TS2 273 3 Levantei então as mãos, calosas como estavam do longo manejo da tesoura, e ponderei-lhe que não podia reprimir um sentimento de contrariedade ante a idéia de ter de continuar esse gênero de trabalho. O meu interlocutor respondeu-me: "Corta os vestidos. Ainda não é tempo de seres disso dispensada." TS2 274 1 Com uma sensação de invencível fadiga, levantei-me para reiniciar o trabalho. Diante de mim estava uma tesoura nova, perfeitamente afiada, com a qual me pus a trabalhar. Imediatamente senti desaparecer todo o cansaço e desalento; a tesoura parecia cortar sem que fosse necessário maior esforço da minha parte, e talhava vestidos e mais vestidos com relativa facilidade. TS2 274 2 Há muitos sonhos que derivam dos fatos ordinários da vida, e com os quais o Espírito de Deus nada tem que ver. Há também sonhos falsos, como há falsas visões, que são inspirados pelo espírito de Satanás. Os sonhos do Senhor, porém, são classificados em Sua Palavra a par das visões, e são, como estas, o fruto do Espírito de Profecia. Esses sonhos, se se levar em conta as pessoas que os tiveram e as circunstâncias em que foram dados, trazem em si mesmos o cunho de sua autenticidade. TS2 274 3 Visto as advertências e instruções ministradas por meio de testemunhos a casos individuais se aplicarem com igual propriedade a muitos outros que não foram neles especialmente mencionados, pareceu-me um dever publicar esses testemunhos individuais em benefício da igreja. No Testemunho N. 15, falando da necessidade de assim proceder, disse: "Não conheço melhor meio de apresentar o meu modo de ver acerca dos erros e perigos gerais, bem como acerca dos deveres dos que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos, do que publicar estes testemunhos. Talvez não haja mesmo maneira mais direta e eficaz de expor o que o Senhor me tem mostrado." TS2 274 4 Numa visão que tive a 12 de Junho de 1868, foi-me revelado o que plenamente justificava o meu ato de dar à publicidade testemunhos individuais. Quando o Senhor discrimina casos particulares, especificando os seus erros, outros, que não foram mostrados em visão, freqüentemente os admitem como exatos, ou aproximadamente tais. Se alguém é repreendido por alguma falta especial, os irmãos e irmãs devem examinar-se cuidadosamente a si mesmos e indagar em que eles próprios têm faltado, e em que se têm feito culpados de idêntico pecado. Deviam manifestar um espírito de confissão humilde. Se alguém supõe estar correto, isto não decide seu caso. Deus olha para o coração. Experimenta e prova deste modo as almas. Censurando as faltas de uns, visa corrigir outros. Se estes, porém, deixam de tomar para si a repreensão, lisonjeando-se de que Deus passa por alto os seus erros, simplesmente porque não os discrimina, enganam sua própria alma e se afundam em trevas, sendo abandonados aos seus próprios caminhos para seguirem a imaginação de seu coração. TS2 275 1 Muitos não usam de sinceridade consigo mesmos e estão laborando em grande erro quanto à sua legítima condição diante de Deus. Deus Se serve de caminhos e meios que melhor satisfazem o Seu propósito, para provar o que há no coração de Seus servos professos. Torna patentes as faltas de uns, para que os outros se dêem por avisados e temam, procurando evitá-las. Pelo exame de si mesmos, podem ver que estão fazendo as mesmas coisas que Deus condena em outros. Se desejam realmente servi-Lo e temem ofendê-Lo, não hão de esperar que primeiro lhes sejam especificados os seus pecados antes que os confessem, mas tornar-se-ão ao Senhor, humildemente arrependidos. Renunciarão às coisas que Lhe desagradam, de conformidade com a luz que outros receberam. Se, pelo contrário, os que estão em falta, vêem que são culpados dos mesmos pecados reprovados em outros, contudo continuam a não manifestar nenhum arrependimento, simplesmente porque esses pecados não lhes foram especialmente notificados, fazem correr perigo a sua alma, sendo subjugados por Satanás à vontade dele. TS2 275 2 Foi-me mostrado que Deus, em Sua sabedoria, não revelará os pecados e erros de cada um particularmente. ... Todos os culpados são igualmente visados por esses testemunhos individuais, embora seu nome não esteja neles expressamente mencionado; e se tais indivíduos correm um véu sobre seus pecados pela simples razão de não estar ali o seu nome, Deus não os fará prosperar. Não poderão progredir na vida espiritual, mas se abismarão cada vez mais nas trevas, até que a luz do Céu seja deles completamente retirada. TS2 275 3 Numa visão que tive há uns vinte anos [1871], fui instruída a expor alguns princípios gerais, oralmente e por escrito, especificando os perigos, erros e pecados de algumas pessoas, para que todos fossem avisados, advertidos e aconselhados. Vi que todos devem fazer um exame minucioso de consciência para saber se não têm cometido os mesmos erros pelos quais outros foram repreendidos, e se as admoestações feitas a outros não se aplicam também ao seu caso. Em caso afirmativo, devem sentir que esses conselhos e advertências têm que ver também com eles, e fazer deles uma aplicação tão prática como se tivessem sido dirigidos a eles pessoalmente. ... Deus intenta provar a fé de todos os que se constituem seguidores de Cristo. Provará a sinceridade das orações dos que dizem ser o seu sincero desejo conhecer o seu dever. Tornará claro o dever de cada um, dando a todos oportunidade de desenvolver o que está dentro de seu coração. O objetivo dos testemunhos TS2 276 1 Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de profetas e apóstolos. Nestes dias, Ele lhes fala por meio dos Testemunhos do Seu Espírito. Nunca houve um tempo no qual Deus instruísse Seu povo mais intensamente do que os instrui agora a respeito de Sua vontade e da conduta que deseja que sigam. TS2 276 2 O Senhor houve por bem conceder-me uma visão das necessidades e erros de Seu povo. Por mais penoso que isto fosse para mim, eu fielmente expus aos ofensores as suas faltas e os meios de repará-las. ... É assim que o Espírito de Deus tem pronunciado advertências e juízos, sem contudo retrair a doce promessa da graça. TS2 276 3 Os pecadores penitentes não têm motivo para desesperar por lhes serem lembrados os seus pecados e serem advertidos dos perigos que correm. Esses mesmos esforços feitos em seu favor, devem mostrar-lhes que Deus os ama e deseja salvá-los. Só têm de seguir os Seus conselhos e obedecer a Sua vontade, para herdarem a vida eterna. Deus põe os pecados do Seu povo diante de Seus olhos para que possam contemplá-los em toda a sua enormidade, à luz de Sua divina verdade. É de seu dever renunciá-los então para sempre. Se o povo de Deus reconhecesse Seu procedimento para com ele e aceitasse Seus ensinamentos, encontraria caminho direito para os seus pés, e uma luz para guiá-los através das trevas e do desalento. TS2 277 1 As advertências e reprovações não são dirigidas aos transviados de entre o povo adventista porque sua conduta seja mais censurável que a dos cristãos professos das igrejas nominais, ou porque seu exemplo e atos sejam piores do que os dos adventistas que não rendem obediência às exigências da lei divina, mas porque possuem grande luz, e, pela sua profissão, se constituem o povo escolhido e particular de Deus, tendo a Sua lei escrita em seu coração. Testificam de sua lealdade ao Deus do Céu, tributando obediência às leis de Seu governo; são representantes de Deus na Terra. Qualquer pecado neles os separa de Deus, e, num sentido especial, desonra o Seu nome, dando ocasião aos inimigos de Sua lei, de infamar Sua causa e Seu povo, a quem escolheu como "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz...". 1 Pedro 2:9. TS2 277 2 O Senhor repreende e corrige o povo que professa guardar Sua lei. Aponta-lhes os pecados, e descobre a sua iniqüidade, porque deseja tê-los separados de toda a impiedade, para que se aperfeiçoem em santidade pelo Seu temor. ... Deus os repreende, argüi e corrige, para que sejam purificados, santificados, enobrecidos, e finalmente exaltados até o Seu trono. TS2 277 3 Tenho revisto os Testemunhos dirigidos aos observadores do sábado, e pasmei da misericórdia de Deus e do Seu cuidado por Seu povo em dar-lhes tantas advertências, apontar-lhes tantos perigos e apresentar-lhes a posição elevada que deseja ver ocupada por eles. Se se conservassem no Seu amor, separando-se totalmente do mundo, faria repousar sobre eles a Sua bênção particular, e Sua luz sobre eles incidiria. Sua influência para o bem se faria sentir em todos os ramos da obra, e em todos os campos de evangelização. Se, porém, deixarem de corresponder ao pensamento de Deus, se continuarem a ter uma compreensão tão acanhada do caráter elevado de Sua obra como tiveram no passado, sua influência e seu exemplo hão de provar-se uma terrível maldição. Farão mal e só mal. O sangue de almas preciosas será encontrado sobre suas vestes. TS2 278 1 Testemunhos de advertência têm sido freqüentemente reiterados. Pela minha parte indago: Quem os tem observado? Quem tem sido zeloso em arrepender-se do seu pecado e idolatria, avançando fervorosamente para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus? ... Fiquei em ansiosa expectativa, esperando que Deus pusesse o Seu Espírito sobre alguns, servindo-Se deles como instrumentos de justiça para despertar e pôr em ordem a Sua igreja. Cheguei quase a desesperar, vendo como de ano em ano se acentuava nela o afastamento dessa simplicidade que Deus me mostrou dever caracterizar a vida de Seus seguidores. Tanto o interesse como o devotamento pela causa de Deus têm gradualmente diminuído. Pergunto agora: Até onde os que professam crer nos Testemunhos buscaram harmonizar sua vida com a luz que lhes foi dada? Em que consideração tiveram as advertências que lhes foram transmitidas? Até que ponto observaram as instruções recebidas? Não para substituir a Bíblia TS2 278 2 Que os Testemunhos não foram dados para substituir a Bíblia, se evidencia do seguinte excerto de um Testemunho publicado em 1876: TS2 278 3 O irmão J. procura confundir os espíritos, esforçando-se por fazer parecer que a luz que Deus nos concedeu por meio dos Testemunhos constitui um acréscimo à Palavra de Deus, mas com isto apresenta os fatos sob uma luz falsa. Deus houve por bem chamar por este meio a atenção de Seu povo para a Sua Palavra, a fim de conceder-lhe uma compreensão mais perfeita da mesma. A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser compreendida de todo o que sinceramente deseja entendê-la. Mas, não obstante isto, alguns que dizem fazer da Palavra de Deus o objeto de seus estudos, são encontrados vivendo em oposição direta a alguns de seus mais claros ensinos. Daí, para que tanto homens como mulheres fiquem sem escusa, Deus dá testemunhos claros e decisivos, a fim de reconduzi-los à Sua Palavra, que negligenciaram seguir. A Palavra de Deus abunda em princípios gerais para a formação de hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais, visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios. TS2 279 1 A 3 de Abril de 1871, esse assunto foi-me apresentado num sonho. Pareceu-me estar assistindo a uma importante reunião, a que havia concorrido grande número de pessoas. Muitos estavam inclinados diante de Deus em súplicas fervorosas, parecendo contritos. Insistiam com o Senhor por luz especial. Alguns pareciam estar com o espírito angustiado; seus sentimentos eram intensos e com lágrimas suplicavam em alta voz auxílio e luz. Os nossos mais preeminentes irmãos figuravam nessa impressionante cena. O irmão S. estava prostrado no chão, aparentemente muito atribulado. Sua mulher estava sentada no meio de um grupo de insensíveis escarnecedores. Tinha uns ares de quem dava a entender que votava ao desprezo os que assim se humilhavam. TS2 279 2 Sonhei que o Espírito do Senhor pousou então sobre mim, e que me levantei em meio aos clamores e súplicas, e disse: O Espírito do Senhor veio sobre mim. Sinto-me impelida a dizer-vos que deveis começar a trabalhar individualmente por vós mesmos. Estais olhando para Deus, desejosos de que faça por vós a obra que vos deu para fazer. Se fizerdes o que sabeis ser o vosso dever, Deus vos ajudará quando precisardes de auxílio. Deixastes de cumprir o que Deus vos incumbiu de fazer. Invocais a Deus para que faça o vosso trabalho. Se tivésseis seguido a luz que vos deu, então Ele faria com que maior luz resplandecesse sobre vós; mas já que negligenciais Seus conselhos, advertências e repreensões, que vos foram dados, como podeis pretender que vos dê mais abundante luz e bênçãos somente para negligenciardes e desprezardes estas também? Deus não é como o homem; dEle não se zomba. TS2 280 1 Tomei a preciosa Bíblia, e agrupei em torno os diferentes Testemunhos dados para a igreja. Aqui, disse, se encontram os casos de quase todos. Os pecados que devem evitar estão neles apontados. Os conselhos que desejam, podem ser encontrados aqui, dados em outros casos que definem situações semelhantes às deles mesmos. Aprouve a Deus dar-vos regra sobre regra, preceito sobre preceito. Mas poucos entre vós sabem realmente o que está contido nos Testemunhos. Não estais familiarizados com as Escrituras. Se tivésseis feito da Palavra de Deus o objeto de vossos estudos, com o propósito de atingir o padrão bíblico e a perfeição cristã, não necessitaríeis os Testemunhos. É porque negligenciastes familiarizar-vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele procurou chegar até vós por meio de testemunhos simples e diretos, chamando a vossa atenção para as palavras da inspiração às quais negligenciastes obedecer, e insistindo convosco para modelardes vossa vida de acordo com seus ensinamentos puros e elevados. Não para proporcionar nova luz TS2 280 2 Por meio dos testemunhos dados, o Senhor Se propõe advertir, repreender e aconselhar Seus filhos e impressionar-lhes o espírito com a importância da verdade de Sua Palavra. Os testemunhos escritos não se destinam a comunicar nova luz; e sim a gravar vividamente na alma as verdades da inspiração já reveladas. Os deveres do homem para com Deus e seu semelhante estão claramente discriminados na Palavra Divina, mas poucos de vós obedecem a essa luz. Não se trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito, para que todos fiquem sem escusa. TS2 281 1 Orgulho, amor-próprio, egoísmo, ódio, inveja e ciúme embotaram as vossas faculdades perceptivas, e a verdade que devia fazer-vos sábios para a salvação perdeu a virtude de deliciar e dirigir o vosso espírito. Os mais essenciais princípios da piedade não são compreendidos, porque não existe sede e fome de conhecimentos bíblicos, de pureza de coração e santidade. Os Testemunhos não têm por fim diminuir o valor da Palavra de Deus, e sim exaltá-la e atrair para ela os espíritos a fim de que a formosa singeleza da verdade a todos impressione. TS2 281 2 Eu disse mais: Como a Palavra de Deus se acha rodeada por esses livros e folhetos, assim também Ele vos circundou com repreensões, conselhos, advertências e animações. Aí estais clamando a Deus com a alma angustiada, suplicando-Lhe mais luz. Estou autorizada a declarar-vos que nenhum raio mais dessa luz há de incidir sobre a vossa vereda através de Testemunhos, a menos que façais uso prático da luz que já recebestes. O Senhor vos circundou de luz; mas não a tendes apreciado, antes tripudiais sobre a mesma. Enquanto uns a desprezaram, outros a negligenciaram ou a seguiram com indiferença. Poucos dispuseram o coração a obedecer à luz que Deus Se agradou dispensar-lhes. TS2 281 3 Alguns que receberam advertências especiais por meio de testemunhos, esqueceram-se dentro de poucas semanas das admoestações que lhes foram feitas. A uns poucos deles os testemunhos foram algumas vezes repetidos; não os reputaram, porém, bastante importantes para tomá-los na devida consideração. Pareceram-lhes estes como contos frívolos. Se tivessem apreciado a luz recebida, teriam evitado prejuízos e provações que chegaram a reputar duros e severos. Só tinham a censurar a si próprios por isso. Colocaram sobre a própria cerviz um jugo que acharam penoso suportar. Não era esse o jugo que Cristo lhes impusera. A solicitude e o amor divinos tinham sido exercidos em seu favor; mas sua alma egoísta, maldosa e incrédula, não lograra discernir Sua misericórdia e bondade. Prosseguiram agindo em sua própria sabedoria até que, assoberbados por provações, perplexos e confusos, foram enredados por Satanás. Se recolherdes os raios de luz que vos foram concedidos no passado, a luz divina ser-vos-á aumentada. TS2 282 1 Remeti-os ao antigo Israel. Deus deu a este a Sua lei, mas recusaram andar nela. Depois lhes deu ritos e ordenanças para que, celebrando-os, guardassem a memória de Deus. Eram tão propensos a esquecê-Lo e às Suas reivindicações a respeito deles, que cumpria conservar ativa a sua mente de modo a se compenetrarem do dever que tinham de obedecer ao seu Criador e honrá-Lo. Se tivessem sido obedientes e se dispusessem a guardar os mandamentos de Deus, esta multidão de cerimoniais e ordenanças não teria sido necessária. TS2 282 2 Se o povo que ora professa ser a propriedade particular de Deus, obedecesse às Suas reivindicações conforme discriminadas em Sua Palavra, não haveria necessidade de testemunhos especiais para despertar neles o sentimento do dever e fazer-lhes sentir a sua pecaminosidade e o temível risco que correm com negligenciar obedecer à Palavra de Deus. Embotaram-se as consciências, porque a luz foi posta de parte, sendo negligenciada e desprezada. TS2 282 3 Alguém se pôs ao meu lado e disse: "Deus te suscitou e deu-te palavras para dizer ao povo e atingir-lhe o coração, como a nenhum outro foram dadas. Ele formulou teus testemunhos para resolver casos que pedem auxílio. Não deves deixar-te abater por zombaria, acusações e censuras. A fim de ser um instrumento especial nas mãos de Deus, importa não te apoiares em ninguém, senão somente nEle e, como a videira que cresce, enlaçares nEle as tuas gavinhas. Constituiu-te o meio de comunicar Sua luz ao povo. Diariamente deves buscar forças de Deus a fim de te fortaleceres, para que o teu ambiente não tolde ou eclipse a luz que fez refletir sobre o Seu povo por teu intermédio. É o intento particular de Satanás evitar que essa luz atinja o povo de Deus, que tanto dela necessita em meio dos perigos que o rodeiam nestes últimos tempos. TS2 283 1 "Teu êxito estará na tua simplicidade. Tão depressa dela te apartares, formulando teu testemunho de modo a acomodá-lo à índole das pessoas por ele visadas, o poder te abandonará. Quase tudo que oferece o século atual é fictício e irreal. O mundo abunda em testemunhos que visam somente agradar e desvanecer momentaneamente e exaltar o próprio eu. Teu testemunho tem um cunho diferente. Deve abranger até as minudências da vida, impedindo que se extinga a fé vacilante, e impressionar a alma dos crentes com a necessidade de fazer resplandecer a sua luz diante do mundo. TS2 283 2 "Deus te tem dado teu testemunho para por ele expores aos apostatados e aos pecadores a sua verdadeira condição, bem como o imenso prejuízo que estão sofrendo com continuar uma vida de pecado. Deus imprimiu isto em teu espírito, apresentando-o aos teus olhos como o não fez a nenhum outro vivente, e te responsabilizará por isso, de acordo com a luz que te tem dado. 'Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.' Zacarias 4:6. 'Levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados.'" Isaías 58:1. Mau emprego dos testemunhos TS2 283 3 Alguns que acreditam nos Testemunhos têm errado em querer impô-los indevidamente a outros. No vol. 1, n. 8, se encontra um testemunho a esse respeito. "Havia alguns em _____ que eram filhos de Deus, mas duvidavam das visões. Outros havia que não lhes faziam nenhuma oposição, contudo não ousavam assumir atitude definida a seu respeito. Alguns eram cépticos e tinham suficientes motivos para isso. As falsas visões e práticas fanáticas, bem como as conseqüências desastrosas que delas decorreram, tiveram sobre a causa em _____ a influência de prevenir os espíritos contra tudo que se apresentasse com o nome de visões. Todas essas coisas cumpria tomar em consideração, procedendo-se com sabedoria. Não se deviam tentar experiências ou esforços com os que nunca tinham visto um indivíduo receber visões, e não possuíam um conhecimento pessoal da sua influência. Essas pessoas não deviam ser privadas dos benefícios e privilégios de membros da igreja, se no demais a sua vida cristã se provara correta. ... TS2 284 1 "Alguns, conforme me foi mostrado, estão no caso de receber as visões publicadas, e de julgar da árvore pelos seus frutos. Outros são como o céptico Tomé; não podem crer nos Testemunhos publicados, nem convencer-se deles pelo testemunho de outros, precisando ver e tirar a prova por si mesmos. Estes não devem por isso ser postos de lado, cumprindo tratá-los com paciência e caridade fraternal até que acertem na posição a tomar e tenham opinião assente contra ou a favor deles. Se, porém, começarem a combater as visões de que não têm conhecimento; se levarem a sua oposição ao ponto de opor-se àquilo de que não têm experiência, ... a igreja pode saber que não estão corretos." TS2 284 2 Alguns de nossos irmãos possuem uma longa experiência da verdade, e há anos que têm conhecimento comigo e com o meu trabalho. Estes provaram a veracidade dos Testemunhos, e neles firmaram sua fé. Sentiram a influência poderosa do Espírito de Deus que os acompanha, testificando da sua veracidade. Foi-me mostrado que se estes, quando repreendidos pelos Testemunhos, viessem a rebelar-se contra os mesmos, entrando a trabalhar secretamente para minar a sua influência, deveriam ser tratados com cuidado, visto que a sua conduta prejudicaria os que têm falta de experiência. TS2 284 3 Já o primeiro número dos Testemunhos publicados encerra uma advertência contra a maneira desavisada de usar a luz que Deus deste modo comunicou ao Seu povo. Afirmei que alguns não haviam procedido sabiamente. Quando falavam de sua fé aos descrentes e estes lhes exigiam a prova, citavam os meus escritos em vez de fornecer-lhes a prova da Bíblia. Foi-me mostrado que tal procedimento é incoerente, tornando os incrédulos prevenidos contra a verdade. Os Testemunhos não têm nenhuma força de prova com os que lhes desconhecem o espírito. Não deveriam ser citados em tais casos. TS2 285 1 Outras advertências relativas ao uso dos testemunhos têm sido dadas de tempos em tempos, como passarei a citar: TS2 285 2 "Alguns ministros estão muito atrasados. Ao passo que professam crer nos Testemunhos, procedem mal tornando-os uma regra de ferro para os que nenhuma experiência têm em relação com eles, ao passo que eles próprios não vivem de conformidade com os mesmos. Repetidas vezes têm recebido testemunhos que absolutamente não tomaram em consideração. A conduta de tais pessoas é incoerente." TS2 285 3 "Vi que muitos tiram partido daquilo que Deus revelou a propósito de faltas e pecados de outros. Tirando conclusões extremas do que foi manifestado pelas visões, insistem sobre as mesmas ao ponto de chegarem a ter a tendência de debilitar a fé de muitos no que Deus revelou e levarem o esmorecimento e o desânimo ao seio da igreja." TS2 285 4 O inimigo se prevalecerá de tudo o que puder empregar para destruir almas. Testemunhos têm sido dados em favor de indivíduos que ocupavam posições de destaque. Estes começam bem, aliviando as cargas e desempenhando sua parte na obra de Deus. Satanás, porém, os persegue com suas tentações e finalmente os vence. Enquanto outros se põem a atentar no seu errado proceder, Satanás lhes sugere que devia ter havido engano nos testemunhos dados a essas pessoas, ou não se teriam provado indignas de desempenhar uma parte nessa obra. TS2 286 5 Deste modo é suscitada a dúvida com relação à luz que Deus concedeu. O que pode ser dito de alguém, sob certas circunstâncias, não o poderá sob outras. Os homens são tão fracos, moralmente falando, tão excessivamente egoístas, tão cheios de si e tão facilmente se possuem de presunção, que Deus não pode cooperar com eles, e são deixados a se conduzirem como cegos, e a manifestar tão grande fraqueza e estultícia que muitos se admiram de que essas pessoas tivessem sido jamais admitidas e reconhecidas idôneas para tomar parte na obra de Deus. Isto é justamente ao que Satanás deseja chegar. Foi esse o fim por ele visado desde o tempo que pela primeira vez os tentou no sentido de vilipendiar a causa de Deus e lançar dúvida sobre os Testemunhos. Se se tivessem deixado ficar onde a sua influência sobre a causa de Deus não fosse tão sensível, Satanás não os teria assediado com tanta violência, porque não poderia realizar seus desígnios usando-os como instrumentos para efetuar uma obra especial. Julgai pelos seus frutos TS2 286 1 Que os Testemunhos sejam julgados pelos seus frutos. Que espírito revelam seus ensinos? Qual tem sido o resultado de sua influência? Todos os que o desejam, podem conhecer de perto os frutos destas visões. Há dezessete anos, Deus houve por bem preservá-los e fortificá-los contra a oposição das forças de Satanás e a influência de instrumentos humanos que têm secundado a obra do diabo. TS2 286 2 Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Esta obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra... ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso. Ou os Testemunhos procedem do Espírito de Deus ou do diabo. TS2 286 3 Desde que o Senhor Se tem manifestado pelo Espírito de Profecia, o passado, o presente e o futuro se desenrolaram diante de meus olhos. Foram-me mostrados rostos que eu nunca vira, e anos depois, vendo-os tornei a reconhecê-los. Tenho sido despertada do sono sob a viva impressão de assuntos que previamente foram sugeridos à minha mente; e, à meia-noite, punha-me a escrever cartas que atravessaram o continente, chegando ao seu destino em momentos de crise e evitando à obra de Deus graves prejuízos. Isto tem sido o meu trabalho durante muitos anos. Uma virtude me impelia a reprovar e censurar faltas de que eu não tinha a menor noção. Seria essa minha obra dos últimos trinta e seis anos uma obra de cima ou da Terra? TS2 287 1 Cristo advertiu os Seus discípulos: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:15-20. Aqui está uma prova que todos podem aplicar à vontade. Os que realmente desejam conhecer a verdade, hão de encontrar provas suficientes em que apoiar sua fé. Duvidando dos testemunhos TS2 287 2 É o plano de Satanás abalar a fé do povo de Deus nos Testemunhos. Satanás sabe como dirigir seus ataques. Começa por influir sobre os espíritos de modo a despertar neles ciúme e descontentamento em relação aos que têm a direção do trabalho. Discutem-se pois os dons, resultando daí serem eles amesquinhados, e acaba-se por desconsiderar as instruções dadas por meio de visões. Segue-se então o cepticismo com relação a pontos vitais de nossa fé, os sustentáculos de nossa posição; vem depois a dúvida sobre as Escrituras Sagradas, e, finalmente, a marcha definitiva para a perdição. Quando os Testemunhos, em que uma vez se acreditou, são postos em dúvida e rejeitados, Satanás sabe que os iludidos não se deixarão ficar por aí; e redobra de esforços até que os arraste a uma rebelião declarada, que se torne insanável e termine em destruição. Com dar lugar a dúvida e incredulidade quanto à obra de Deus, e alimentar sentimentos de desconfiança e cruel ciúme, aparelham a si próprios o caminho para completo engano. Suscitam sentimentos amargos contra os que ousam falar-lhes dos seus erros e reprovar-lhes os pecados. TS2 288 1 Um testemunho dirigido a alguns moços, e publicado pela primeira vez em 1880, refere-se a este ponto nos seguintes termos: "Continua aumentando constantemente o cepticismo em relação aos Testemunhos do Espírito de Deus; e estes jovens, em vez de abafarem as discussões e dúvidas a seu respeito, as suscitam, por desconhecerem o espírito, a virtude e a força dos Testemunhos." TS2 288 2 Foi-me mostrado que muitos estão tão carecidos de espiritualidade, que não compreendem o valor dos Testemunhos ou o seu real objetivo. Conversam voluvelmente acerca dos Testemunhos dados por Deus em benefício de Seu povo, exercem o juízo sobre os mesmos, dando a sua opinião acerca deles e criticando ora isto ora aquilo, quando fariam melhor em pôr a mão sobre os lábios e prostrar-se no pó. Não conseguem apreciar o espírito dos Testemunhos por conhecerem muito pouco o Espírito de Deus. ... TS2 288 3 Se perderdes a confiança nos Testemunhos, apartar-vos-eis das verdades bíblicas. Tenho estado temerosa de que muitos assumiriam uma posição de dúvida e incerteza, e na minha solicitude por vossas almas desejaria admoestar-vos. Quantos darão ouvidos à advertência? Segundo reputais agora os Testemunhos, sentir-vos-íeis em perfeita liberdade, caso fosse dado algum que cruzasse os vossos caminhos, corrigindo os vossos erros, de aceitá-lo ou rejeitá-lo no todo ou em parte? Aquilo, porém, que menos estiverdes inclinados a aceitar, é justamente o de que mais necessidade tendes. TS2 288 4 Meus irmãos, guardai-vos de um coração mau e incrédulo. A Palavra de Deus é clara e escrupulosa nas suas restrições. Vai de encontro às vossas inclinações egoístas, por isso não lhe obedeceis. Os Testemunhos do Espírito dirigem a vossa atenção às Escrituras, assinalam os vossos defeitos de caráter, e reprovam os vossos pecados; por isso não atentais neles. E para justificardes a vossa conduta carnal, amante do comodismo, começais a duvidar de que os Testemunhos sejam de Deus. Se obedecêsseis aos seus ensinos, adquiriríeis a certeza de sua divina origem. Lembrai-vos de que a vossa dúvida não afetará a sua veracidade. Se são de Deus, ficarão de pé. TS2 289 1 Foi-me mostrado que a descrença nos testemunhos de advertência, animação e repreensão, afasta a luz do povo de Deus. A incredulidade cega-lhes a vista, pelo que ignoram qual seja a sua legítima condição. Imaginam que o testemunho do Espírito de Deus, que os repreende, é coisa descabida, ou que se não refere a eles. Tais indivíduos têm a maior necessidade de graça divina e discernimento espiritual para reconhecerem a deficiência de seu conhecimento espiritual. TS2 289 2 Muitos que se desviaram da verdade, alegam como motivo de seu procedimento o fato de não crerem nos Testemunhos. ... Eis agora a pergunta: Porventura estão dispostos a renunciar o ídolo que Deus neles condena, ou continuarão no seu hábito de condescendência, rejeitando a luz que Deus lhes deu, e que reprova as mesmas coisas em que se comprazem? A dúvida para eles paira nisto: Devo eu renunciar-me a mim mesmo e aceitar como de Deus os Testemunhos que reprovam os meus pecados, ou devo rejeitar os Testemunhos porque os meus pecados são por eles censurados? TS2 289 3 Em muitos casos os Testemunhos são aceitos integralmente, rompendo-se com o pecado e a condescendência, e iniciando-se desde logo uma reforma de conformidade com a luz de Deus recebida. Noutros, as condescendências pecaminosas são mantidas, os Testemunhos rejeitados, apresentando-se aos outros muitas falsas desculpas para justificar a recusa. O verdadeiro motivo não é revelado. É uma falta de coragem moral, de uma vontade fortalecida e dirigida pelo Espírito de Deus, para renunciar hábitos perniciosos. TS2 289 4 Satanás tem habilidade em sugerir dúvidas e inventar objeções ao testemunho que Deus envia, e muitos consideram uma virtude e indício de inteligência, o mostrar-se descrente, duvidar e argumentar. Os que querem duvidar têm suficiente oportunidade para isso. Deus não Se propõe fazer desaparecer toda ocasião para a incredulidade. Apresenta evidências que precisam ser cuidadosamente investigadas, com espírito humilde e susceptível ao ensino; e todos devem julgar pela força dessas mesmas evidências. Deus dá aos espíritos sinceros suficientes evidências para crer; o que, porém, voltar os olhos da força dessas provas, somente porque deparou algumas coisas que sua inteligência finita não apreende, será abandonado à atmosfera glacial da incredulidade e da dúvida, vindo a experimentar o naufrágio da fé. ... Negligência dos testemunhos TS2 290 1 Não são só os que abertamente rejeitam os Testemunhos ou que alimentam dúvidas a seu respeito, que se encontram em terreno perigoso. Desconsiderar a luz equivale a rejeitá-la. TS2 290 2 Alguns de vós admitem a repreensão com a boca, porém, não a aceitam de coração. Continuais como antes, apenas menos sensíveis à influência do Espírito de Deus, crescendo em cegueira e decrescendo em sabedoria, domínio próprio, virtude moral, zelo e pendor para exercícios religiosos; e, a menos que vos convertais, haveis finalmente de perder de todo o vosso apoio em Deus. Não realizastes uma mudança decisiva em vossa vida ao receber a correção, porque não reconhecestes nem compreendestes os defeitos de vosso caráter e o grande contraste entre a vossa vida e a de Cristo. Que valor terão as vossas orações, enquanto atenderdes à iniqüidade em vosso coração? A não ser que consintais numa mudança radical, haveis muito breve de cansar-vos das repreensões, como sucedeu aos filhos de Israel, e, como eles, vos apartareis de Deus. TS2 290 3 Muitos estão agindo em oposição direta à luz que Deus deu ao Seu povo, porque não lêem os livros que contêm a luz e o conhecimento sob a forma de admoestações, repreensões e advertências. Os cuidados do mundo, o apego à moda e a falta de piedade distraíram a sua atenção da luz que Deus misericordiosamente lhes concedeu, ao passo que os livros e periódicos cheios de mentiras se espalham por todo o país. O cepticismo e a incredulidade estão aumentando em toda parte. A luz tão preciosa, emanada do trono divino, é posta debaixo do alqueire. Deus tornará Seu povo responsável por essa negligência. Temos de dar conta de cada raio de luz que fez incidir em nossa vereda, quer tenha sido usado para nosso progresso nas coisas divinas, quer rejeitado porque fosse mais cômodo seguir as próprias inclinações. TS2 291 1 Os livros do "Espírito de Profecia" e também os "Testemunhos", devem ser introduzidos em toda família observadora do sábado; e os irmãos devem conhecer-lhes o valor e ser impelidos a lê-los. Não foi o plano mais sábio reduzir tanto o preço desses livros, e ter em cada igreja somente uma coleção deles. Devem figurar na biblioteca de cada família, e ser lidos e relidos. Coloquem-se onde possam ser lidos por muitas pessoas. TS2 291 2 Lembrem-se os ministros e o povo de que as verdades evangélicas, se não salvam, endurecem. A rejeição da luz torna os homens cativos, atados com cadeias de escuridão e incredulidade. A alma que dia a dia recusa dar ouvidos aos convites de misericórdia, pode em breve estar escutando os mais insistentes apelos sem experimentar a menor emoção. Como obreiros de Deus, necessitamos de maior piedade e menos exaltação própria. Quanto mais o eu for exaltado, tanto mais diminuirá a fé nos Testemunhos do Espírito de Deus. ... Os que têm a confiança posta em si mesmos, hão de reconhecer sempre menos a Deus nos Testemunhos dados pelo Seu Espírito. Como receber a repreensão TS2 291 3 Os que são repreendidos pelo Espírito de Deus não devem insurgir-se contra o Seu humilde instrumento. É Deus, e não um falho mortal, quem fala para salvá-los da ruína. Não agrada à natureza humana ser alvo de uma repreensão, tampouco é possível ao coração humano, que não for iluminado pelo Espírito de Deus, reconhecer a necessidade dessa repreensão ou o benefício que está destinada a trazer-lhe. À medida que o homem cede à tentação e condescende com o pecado, seu espírito fica obscurecido. O senso moral se perverte. As razões da consciência são desatendidas, e gradualmente sua voz se extingue. Pouco a pouco o homem vai perdendo a faculdade de discernir entre o justo e o injusto, até que enfim deixa de ter a legítima noção de seu estado diante de Deus. Poderá observar as formas da religião, e defender zelosamente suas doutrinas, mas estará destituído do seu espírito. Sua condição é a descrita pela Fiel Testemunha: "Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu." Quando, pois, o Espírito de Deus, por meio de uma mensagem de correção, declara ser esse o seu estado, ele pode não reconhecer a sua veracidade. Mas deverá por isso rejeitar a advertência? -- Não. TS2 292 1 Deus deu suficientes evidências para que todos que o desejam se persuadam quanto ao caráter dos Testemunhos; e, uma vez que tiverem reconhecido serem de Deus, é seu dever aceitar a correção, ainda que não possam compreender a pecaminosidade de seus atos. Se conseguissem compreender perfeitamente sua condição, que necessidade teriam de uma correção? Por não a conhecerem é que Deus misericordiosamente a revela aos seus olhos, para que possam arrepender-se e emendar-se antes que seja tarde. Os que desprezam essa admoestação, serão abandonados à cegueira, tornando-se vítimas do engano próprio; os que, porém, a observarem e zelosamente tratarem de romper com seus pecados, a fim de alcançar a graça de que precisam, abrirão as portas de seu coração para que o Salvador venha a habitar com eles. São os que mais estreitamente se acham ligados a Deus, que entendem Sua voz quando ela lhes fala. Os espirituais discernem as coisas espirituais. Sentir-se-ão gratos por Se dignar Deus mostrar-lhes os seus pecados. TS2 293 1 Davi alcançou sabedoria pela maneira em que Deus procedeu com ele, e curvou-se em humildade às correções do Altíssimo. A fiel descrição de seu estado, feita pelo profeta Natã, fez conhecer a Davi os seus pecados, ajudando-o a afastá-los. Com mansidão aceitou os conselhos que lhe foram dados, humilhando-se diante de Deus. "A lei do Senhor é perfeita", exclamou, "e refrigera a alma." TS2 293 2 "Se estais sem disciplina... sois então bastardos, e não filhos." Hebreus 12:8. Disse o Senhor: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo." Apocalipse 3:19. "Na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela." Hebreus 12:11. Por amarga que seja essa disciplina, procede do terno amor do Pai, tendo por fim tornar-nos "participantes da Sua santidade". ------------------------Capítulo 41 -- Distinção descabida TS2 294 1 Alguns adotam o ponto de vista, segundo o qual as advertências, admoestações e correções dadas pelo Senhor, por intermédio de Sua serva, a menos que sejam recebidas em visão especial para cada caso, individualmente, não têm maior importância que conselhos e advertências provenientes de outras fontes. Nalguns casos alegou-se que, ao dar testemunhos para igrejas ou indivíduos, eu era influenciada por cartas que recebia de membros da igreja. Alguns chegaram a avançar que testemunhos que se dizem ser do Espírito de Deus, eram somente manifestações do meu próprio juízo, baseadas em informações colhidas em fontes humanas. Essa afirmação é absolutamente falsa. TS2 294 2 Se, todavia, em resposta a alguma pergunta, informação ou consulta de uma igreja ou de indivíduos, um testemunho é escrito, apresentando a luz que Deus me deu a esse respeito, o fato de se haver originado dessa forma de modo algum depõe contra sua validade ou importância. Citarei a propósito um trecho dos Testemunhos N. 31, que tratam justamente desse assunto: TS2 294 3 "Como procedeu o apóstolo Paulo? As notícias recebidas por intermédio da casa de Cloé, relativamente à condição da igreja de Corinto, foram o que deu motivo à sua primeira epístola a essa igreja. Chegaram-lhe cartas de particulares expondo os fatos ocorridos, e em sua resposta estabeleceu certos princípios gerais, que, atendidos, haviam de corrigir os males existentes. Com grande ternura e sabedoria, exorta-os a falarem todos uma mesma coisa, para que não houvesse divisões entre eles. TS2 294 4 "Paulo era um apóstolo inspirado, contudo o Senhor não lhe revelava a todo o tempo a exata condição de Seu povo. Os que estavam interessados na prosperidade da igreja, vendo o mal insinuar-se no seu seio, apresentavam o caso ao apóstolo que, graças à luz dantes recebida, estava preparado para julgar o legítimo caráter do que nela se passava. O fato de não haver recebido uma revelação daquele caso especial, não constituiu razão para os que realmente buscavam a luz, rejeitarem a sua mensagem como uma epístola comum. Não, com efeito. O Senhor lhe mostrara as dificuldades e perigos que surgiriam nas igrejas, para que, quando se desenvolvessem, soubesse como se haver com eles. TS2 295 1 "Paulo foi incumbido de defender a igreja; competia-lhe velar pelas almas como quem tinha de dar conta a Deus; e não deveria tomar em consideração a relação que lhe era feita do seu estado de anarquia e divisão? -- Certamente. Contudo, as correções que entendeu dever enviar-lhe não eram menos inspiradas pelo Espírito de Deus do que quaisquer outras de suas epístolas. Mas ao chegarem essas repreensões, alguns houve que não se corrigiram. Afirmaram que Deus não lhes havia falado por meio de Paulo; que ele apenas emitira uma opinião pessoal, e que seu próprio juízo não era em nada inferior ao dele. Dá-se o mesmo com muitos de nosso povo, que se têm desviado do velho rumo, seguindo seu próprio modo de ver." TS2 295 2 Quando nosso povo assume essa atitude, as advertências e conselhos especiais de Deus, dados pelo Espírito de Profecia, não podem ter sobre ele nenhuma influência no sentido de operar uma reforma da vida e do caráter. O Senhor não dá uma visão especial para enfrentar cada emergência que possa surgir nas diferentes situações de Seu povo com o progredir da obra, mas mostrou-me que Sua maneira de proceder para com a igreja, no passado, foi impressionar o espírito de Seus servos escolhidos com as necessidades e perigos de Sua causa e dos indivíduos, e impor sobre eles o encargo de aconselhar e advertir. TS2 296 1 Assim, em muitos casos, Deus me esclareceu quanto a defeitos peculiares de caráter nos membros da igreja, e os perigos daí decorrentes para os indivíduos e para a obra, caso não fossem corrigidos. Em dadas circunstâncias, tendências erradas são suscetíveis de se fortalecerem e arraigarem, acarretando danos à causa de Deus e a ruína de indivíduos. Às vezes, quando perigos especiais ameaçam a causa de Deus ou a pessoas, sou advertida da parte de Deus em sonhos ou visões, sendo tais casos apresentados vivamente ao meu espírito. Ouço então uma voz dizer-me: "Levanta-te e escreve; estas almas estão em perigo." Obedeço às direções do Espírito de Deus, e minha pena descreve sua legítima condição. Ao viajar e estar perante o povo, em diferentes lugares, o Espírito do Senhor me lembra os casos a mim antes mostrados, avivando em minha memória as revelações que me foram feitas. TS2 296 2 Durante os últimos quarenta e cinco anos, o Senhor tem estado a revelar-me as necessidades de Sua causa, e os casos de indivíduos em todas as fases da experiência humana, mostrando-me onde e como deixaram de aperfeiçoar o caráter cristão. A história de centenas de casos se desenrolou aos meus olhos, sendo-me apresentadas com clareza as coisas que Deus aprova e as que condena. Deus mostrou-me que certo caminho, quando prosseguido, ou certos traços de caráter, quando cultivados, hão de produzir determinados resultados. Deste modo tem estado a preparar-me e disciplinar-me para que pudesse conhecer os perigos que ameaçam as almas e instruir e advertir Seu povo, dando-lhe regra sobre regra e preceito sobre preceito, de sorte a não estar em ignorância quanto aos enganos do diabo, e poder fugir às suas ciladas. TS2 296 3 A obra de que o Senhor especialmente me incumbiu é insistir com moços e velhos, instruídos ou não, para examinarem as Escrituras por si mesmos; fazer sentir a todos que o estudo da Palavra de Deus robustece a inteligência e todas as faculdades do espírito, habilitando-o a resolver problemas difíceis e de grande alcance com relação à verdade; assegurar a todos que o conhecimento perfeito da Bíblia é superior a qualquer outro, para tornar o homem aquilo que Deus Se propôs fosse. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Salmos 119:130. TS2 297 1 Com a luz comunicada pelo estudo de Sua Palavra, e com o conhecimento especial que me foi dado de casos individuais entre o Seu povo, sob todas as circunstâncias e em todas as fases da vida, poderia eu laborar ainda na mesma ignorância, na mesma incerteza e cegueira espiritual que ao começo de minha experiência? Quererão meus irmãos sustentar que a irmã White foi uma aluna tão falta de inteligência, que o seu juízo a esse respeito não é para ser estimado mais agora do que antes de ela entrar para a escola de Cristo, a fim de ser preparada e disciplinada para essa obra especial? Porventura não terei compreensão mais nítida dos deveres e perigos do povo de Deus do que aqueles a quem estas coisas nunca foram apresentadas? Não desonraria meu Mestre com admitir que toda essa luz, todas as manifestações de Seu grande poder em meu trabalho e vida, fossem debalde, não tendo logrado educar meu juízo ou tornar-me mais idônea para a Sua obra. TS2 297 2 Quando vejo homens e mulheres trilharem o mesmo caminho ou cultivarem os mesmos traços de caráter que puseram em perigo outras almas e trouxeram agravo à causa de Deus, e que o Senhor repetidas vezes corrigiu, poderia deixar de alarmar-me com isto? Quando vejo almas tímidas, vergando ao peso do sentimento de suas imperfeições, mas esforçando-se conscienciosamente por cumprir o que Deus declarou ser justo, e sabendo que o Senhor nelas atenta com bondade, em razão de seu sincero empenho, não deveria eu ter palavras de animação e conforto para essas almas timoratas? Deveria remeter-me ao silêncio, porque não me tivesse sido revelado em visão definida cada caso individualmente? TS2 297 3 "Mas, se quando o atalaia vir que vem a espada, não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier, e levar uma vida dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, mas o seu sangue demandarei da mão do atalaia. A ti pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu pois ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." Ezequiel 33:6-9. TS2 298 1 Num sonho recente fui levada a uma reunião de pessoas, algumas das quais se esforçavam por abafar a impressão de um solene testemunho de advertência que eu lhes transmitira. Diziam: "Acreditamos nos testemunhos da irmã White; quando, porém, nos diz coisas que não lhe foram diretamente reveladas em visão sobre o caso em apreço, suas palavras não têm para nós maior importância do que as de qualquer outra pessoa." Então veio sobre mim o Espírito do Senhor e eu, erguendo-me, repreendi-os em Seu nome. Repeti-lhes em substância o que acima citei com relação ao atalaia. "Isto", disse-lhes, "se adapta ao vosso caso e ao meu." TS2 298 2 Se pois aqueles, a quem estas solenes advertências dizem respeito, objetarem: "Isto não é senão a opinião individual da irmã White, prefiro seguir o meu próprio juízo", e continuarem a fazer as mesmas coisas contra as quais foram advertidos, revelarão com isto que desprezam os conselhos divinos, e o resultado será justamente o que o Espírito de Deus me revelou que havia de ser: agravo à causa de Deus e perdição própria. Alguns, no intuito de garantir melhor a sua própria atitude, apresentarão declarações dos Testemunhos que pensam favorecer a sua opinião, dando-lhes a mais vigorosa interpretação possível; aquilo, porém, que torna suspeita a sua conduta, ou que não se coaduna com o seu modo de ver, denunciam como opinião individual da irmã White, negando-lhe origem divina e nivelando-o aos seus próprios conceitos. TS2 299 1 Se vós, meus irmãos, que há muitos anos tendes conhecido a mim e ao meu trabalho, entendeis que os meus conselhos não são mais para se estimar do que os daqueles que não foram especialmente educados para esta obra, não devíeis pedir-me para cooperar convosco; porque, assumindo tal atitude, fatalmente impugnareis a influência do meu trabalho. Se julgais que seguir os próprios impulsos seja tão seguro como seguir a luz transmitida pela serva comissionada do Senhor, o risco será vosso; sereis condenados porque rejeitastes a luz que vos foi enviada do Céu. O meio de Deus atingir o coração TS2 299 2 Estando em _____ o Senhor veio a mim à noite e esforçou-me com preciosas palavras de animação quanto à minha obra, repetindo a mesma mensagem que por diversas vezes já me dera antes. Relativamente aos que voltaram costas à luz que lhes foi enviada, disse-me: "Com menosprezar e rejeitar o testemunho que lhes fiz transmitir, têm desprezado, não a ti, mas a Mim, o Senhor." TS2 299 3 Se os obstinados e presunçosos prosseguirem impunemente o seu caminho, a que estudo será finalmente reduzida a igreja? Como poderão ser corrigidos os erros sustentados por esses contumazes e ambiciosos? Por que meios poderia Deus atingi-los? Como deverá manter a ordem em Sua igreja? Divergências de opinião surgem constantemente, e a igreja amiúde é visitada pela apostasia. Quando se suscitam controvérsias e divisões, todas as partes pretendem estar com a razão e agindo sinceramente, recusando ser instruídos pelos que durante muito tempo suportaram o peso do trabalho, e que, como devem perfeitamente saber, foram guiados pelo Senhor. A luz é enviada para desfazer as trevas; porém, em seu excessivo orgulho, a rejeitam, preferindo continuar às escuras. Desprezam os conselhos divinos, porque não se coadunam com seus pontos de vista e intenções, e não aprovam seus maus traços de caráter. A operação do Espírito de Deus, que os poderia ajudar a entrar no bom caminho, se a aceitassem, não se faz de modo a comprazê-los e lisonjear sua justiça própria. A luz comunicada por Deus eles não a reconhecem, pelo que se deixam ficar nas trevas. Pretendem que não se pode depositar maior confiança no discernimento de alguém que tem tido tão longa experiência e a quem o Senhor instruiu e usou para fazer uma obra especial, do que no de qualquer outra pessoa. É o desígnio divino que assim procedam, ou é isto a operação do inimigo de toda a justiça, a fim de conservar as almas em erro e enredá-las com fortes ilusões que não podem ser desfeitas, porque se colocam fora do alcance dos meios que Deus para esse fim estabeleceu em Sua igreja? TS2 300 1 Correções, admoestações e repreensões da parte do Senhor têm sido dirigidas a Sua igreja em todas as épocas. Essas advertências foram desprezadas e rejeitadas, nos dias de Cristo, pelos fariseus, que eram justos a seus próprios olhos e pretendiam não necessitar de semelhantes admoestações, considerando-se por isso injustamente tratados. Recusaram também receber a Palavra do Senhor, anunciada por Seus servos, por não satisfazer as suas inclinações. Se o Senhor consentisse em dar uma visão em presença dessa classe de gente hoje, apontando-lhes os erros, censurando-lhes a justiça própria e condenando-lhes os pecados, insurgir-se-iam contra ela como os habitantes de Nazaré quando Cristo lhes descobriu sua verdadeira condição. TS2 300 2 A menos que essas pessoas humilhem o coração diante de Deus, deixando de acolher as sugestões de Satanás, a dúvida e a incredulidade delas se apoderará, começando a ver tudo por um prisma falso. E uma vez lançada a semente da dúvida em seu coração, terão abundante messe a colher. Chegarão a ponto de desconfiar e descrer de verdades que são intuitivas e cheias de beleza para os que não se educaram na incredulidade. TS2 300 3 Os que habituam o espírito a cavilar com tudo que se presta para estabelecer uma dúvida, sugerindo-a a outros, sempre terão oportunidade para assim proceder. Meter-se-ão a discutir e criticar tudo que lhes surgir à frente com o desdobrar da verdade, criticando a obra e a atitude de outros, bem como cada ramo da obra de que não fazem parte. Deste modo alimentar-se-ão dos erros, enganos e faltas de outros "até que", como me disse o anjo, "o Senhor Jesus Se levante de Sua obra de mediação no santuário celestial, e, tomando as vestes de vingança, venha a surpreendê-los em seu banquete profano, desprevenidos para as bodas do Cordeiro". O seu gosto está de tal modo pervertido, que se inclinariam a criticar até a mesa do Senhor no Seu reino. TS2 301 1 Revelou Deus alguma vez, a essas pessoas, que as repreensões e correções que dEle provêm não têm, para elas, nenhuma importância a não ser que sejam transmitidas por visões diretas? Insisto sobre esse ponto, porque a posição que muitos assumiram a este respeito é um engano de Satanás, a fim de arruinar almas. Depois de os haver enredado e enfraquecido por seus sofismas a ponto de, quando reprovados, persistirem em tornar de nenhum efeito as operações do Espírito de Deus, seu triunfo sobre eles será completo. Alguns que professam a justiça hão de, como Judas, entregar seu Senhor nas mãos de seus mais acérrimos adversários. Estes que confiam em si mesmos, resolvidos, como estão, a seguir seu próprio caminho e a defender suas próprias idéias, irão de mal a pior, até estarem prontos a aceitar qualquer alvitre menos o de renunciar à sua própria vontade. Cegamente prosseguirão no caminho do mal e tão enganados a respeito de si mesmos, que, como os fariseus iludidos, imaginam estar fazendo a obra de Deus. Cristo deu a conhecer o caminho por que certa classe havia de tomar quando tivesse oportunidade de desenvolver o seu legítimo caráter; "Até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós." Lucas 21:16. TS2 301 2 Deus me concedeu, em conexão com esta obra, uma experiência definida e solene e podeis estar certos de que, enquanto a vida me for poupada, não deixarei de levantar a voz de advertência quando for impelida pelo Espírito de Deus, quer os homens me ouçam quer deixem de ouvir-me. Não sou dotada de nenhuma sabedoria especial; sou apenas um instrumento nas mãos de Deus para fazer a obra que me designou. As instruções que tenho dado pela pena e de viva voz são uma expressão da luz que Deus Se dignou conceder-me. Tentei expor-vos os princípios que o Espírito de Deus, durante anos, tem estado a imprimir em meu espírito e a escrever em meu coração. TS2 302 1 E agora, irmãos, eu vos conjuro a que não vos interponhais entre mim e o povo, desviando dele a luz que Deus lhe deseja dar. Não deprimais, pela vossa crítica, a força, a virtude e a importância dos Testemunhos. Não imagineis que podeis analisá-los de modo a acomodá-los às vossas próprias idéias, pretendendo que Deus vos deu perícia para discernir o que é luz do Céu e o que é mera sabedoria humana. Se os Testemunhos não falarem de acordo com a Palavra de Deus, rejeitai-os. Cristo e Belial não se unem. Por amor de Cristo, deixai de confundir o espírito do povo com sofismas e cepticismo, tornando de nenhum efeito a obra que Deus deseja fazer. Não procureis, pela vossa falta de discernimento espiritual, fazer deste método de operação de Deus, uma pedra de escândalo pela qual muitos venham a tropeçar e cair, ser enlaçados e presos. ------------------------Capítulo 42 -- Os mistérios da Bíblia -- Prova de sua inspiração TS2 303 1 "Porventura alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso? Como as alturas dos céus é a Sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno; que poderás tu saber?" Jó 11:7, 8. "Os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os Céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaías 55:8, 9. "Eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a Mim; que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam." Isaías 46:9, 10. É impossível, para a finita mente humana, compreender plenamente o caráter ou as obras do Infinito. Para o intelecto mais perspicaz, para o espírito mais poderoso e mais altamente educado, aquele santo Ser tem de para sempre permanecer envolto em mistério. TS2 303 2 O apóstolo Paulo exclama: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis os Seus caminhos!" Romanos 11:33. Mas embora "nuvens e obscuridade" estejam "ao redor dEle; justiça e juízo são a base do Seu trono". Salmos 97:2. Podemos compreender Seu trato conosco, e os motivos que sobre Ele atuam, ao ponto de podermos discernir ilimitado amor e misericórdia unidos a poder infinito. Podemos, de Seus propósitos, compreender o quanto seja para nosso bem saber; e para além disso devemos ainda confiar no poder do Onipotente, no amor e sabedoria do Pai e Soberano de todos. TS2 303 3 A Palavra de Deus, como o caráter de seu Autor divino, apresenta mistérios que jamais poderão ser plenamente compreendidos por seres finitos. Dirige nosso espírito ao Criador, que "habita na luz inacessível". 1 Timóteo 6:16. Apresenta-nos Seus propósitos, que abrangem todos os séculos da história humana, e que só alcançam seu cumprimento nos ciclos intérminos da eternidade. Chama nossa atenção para assuntos de infinita profundidade e importância, relacionados com o governo de Deus e o destino dos homens. TS2 304 1 A entrada do pecado no mundo, a encarnação de Cristo, a regeneração, a ressurreição e muitos outros assuntos apresentados na Bíblia, são mistérios demasiado profundos para a mente humana poder explicar, ou mesmo compreender plenamente. Mas Deus nos deu nas Escrituras evidência bastante quanto ao seu caráter divino, e não devemos duvidar de Sua Palavra por não compreendermos todos os mistérios de Sua providência. TS2 304 2 As porções da Escritura Sagrada que apresentam esses grandes temas não devem ser passadas por alto como não tendo utilidade ao homem. Tudo que Deus houve por bem revelar, devemos aceitar, sob a autoridade de Sua Palavra. Acontece ser apresentada apenas uma simples declaração de fatos, sem explicação quanto aos motivos ou circunstâncias; mas embora não o compreendamos, devemos ter a certeza de ser verdade, porque Deus o disse. Toda a dificuldade está na fraqueza e estreiteza da mente humana. Simplicidade e majestade da revelação divina TS2 304 3 Diz o apóstolo Pedro que há nas Escrituras "pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem,... para sua própria perdição". 2 Pedro 3:16. As dificuldades da Escritura têm sido pelos céticos insistentemente apresentadas como argumento contra a Bíblia; mas longe disso, constituem forte evidência de sua inspiração divina. Se não contivesse, acerca de Deus, nenhum relato além do que pudéssemos compreender facilmente; se Sua grandeza e majestade pudessem ser apreendidas por mentes finitas, então a Bíblia não traria as inequívocas credenciais da autoridade divina. A própria grandeza e mistério dos temas apresentados devem inspirar fé na Bíblia como a Palavra de Deus. TS2 305 1 A Escritura desvenda a verdade com uma simplicidade e uma tão perfeita adaptação às necessidades e anelos do coração humano, que têm surpreendido e encantado os espíritos mais altamente cultos, ao mesmo tempo que habilita os humildes e iletrados a discernir o caminho da salvação. E todavia, essas verdades exaradas com singeleza, tratam de assuntos tão elevados, tão vastos, tão infinitamente para além do poder da compreensão humana, que só os podemos aceitar porque Deus os externou. Assim o plano da redenção nos é exposto de tal modo que toda alma possa ver os passos que deve dar, em arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de salvar-se na maneira designada por Deus; entretanto, envoltos nessas verdades tão facilmente compreendidas, acham-se mistérios que são o esconderijo de Sua glória -- mistérios que avassalam a mente que os esquadrinha, ao mesmo tempo que inspiram reverência e fé ao investigador sincero da verdade. Quanto mais ele pesquisar a Bíblia, tanto mais profunda sua convicção de ser ela a Palavra do Deus vivo, e a razão humana inclina-se ante a majestade da revelação divina. TS2 305 2 Os que estão dispostos a assim aceitar as Sagradas Escrituras sob a autoridade de Deus, são os que são abençoados com a mais clara luz. Solicitados a explicarem certas declarações, só saberão responder: "Assim é apresentado nas Escrituras." Vêem-se obrigados a reconhecer que não sabem explicar a operação do poder divino ou a manifestação da divina sabedoria. Bem pretendia o Senhor que assim fosse, isto é, que nos víssemos levados a aceitar algumas coisas pela fé tão-somente. Isso reconhecer, é unicamente admitir que a mente finita é incapaz de abranger o infinito; que o homem, com seu conhecimento limitado, humano, não pode compreender os propósitos da Onisciência. TS2 305 3 Porque não podem devassar todos os seus mistérios, rejeitam os céticos e descrentes a Palavra de Deus; e nem todos os que professam crer na Bíblia estão seguros contra a tentação neste ponto. Diz o apóstolo: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo." Hebreus 3:12. Espíritos que têm sido educados em criticar, duvidar e cavilar por isso que não podem devassar os propósitos de Deus, cairão "no mesmo exemplo de desobediência". Hebreus 4:11. É direito estudar com afinco os ensinos da Bíblia, e pesquisar "as profundezas de Deus" (1 Coríntios 2:10), até o ponto em que são reveladas na Escritura. Ao passo que "as coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus", "as reveladas são para nós e nossos filhos". Deuteronômio 29:29. TS2 306 1 Mas é obra de Satanás perverter as faculdades investigativas da mente. Mistura-se certo orgulho à consideração da verdade bíblica, de modo que os homens se sentem derrotados e impacientes se não sabem explicar, para sua própria satisfação, todas as porções da Escritura. É-lhes por demais humilhante reconhecer que não compreendem as palavras inspiradas. Estão indispostos a esperar pacientemente até que Deus haja por bem revelar-lhes a verdade. Julgam que sua sabedoria humana, desajudada, seja suficiente para habilitá-los a compreender a Escritura; e não o conseguindo, negam virtualmente sua autoridade. TS2 306 2 Verdade é que muitas teorias e doutrinas que o povo supõe serem ensinamentos da Bíblia, não têm fundamento na Escritura e são, com efeito, contrárias a todo o teor da inspiração. Estas coisas têm sido causa de dúvida e perplexidade a muitos espíritos. Elas não são, porém, atribuíveis à Palavra de Deus, mas sim à perversão dela por parte do homem. Mas as dificuldades da Bíblia não lançam sombra sobre a sabedoria de Deus; não causarão a ruína de qualquer pessoa que não seria destruída se não existissem essas dificuldades. Se não houvesse na Bíblia mistérios que essas questionassem, elas mesmas, por sua falta de discernimento espiritual, encontrariam causa de tropeço nas mais claras expressões de Deus. TS2 306 3 Homens que se imaginam dotados de faculdades mentais tão elevadas que encontrem explanação para todos os caminhos e obras de Deus, procuram exaltar a sabedoria humana à igualdade com a divina, e a glorificar o homem como Deus. Apenas repetem o que Satanás disse a Eva, no Éden: "Sereis como Deus." Gênesis 3:5. Satanás caiu por causa de sua ambição de ser igual a Deus. Desejava participar dos conselhos e propósitos divinos, dos quais foi excluído por sua própria incapacidade, como ser criado que era, de compreender a sabedoria do Infinito Deus. Foi esse orgulho ambicioso que o levou à rebelião, e por esse mesmo meio procura ele causar a ruína do homem. Inescrutáveis profundezas da verdade TS2 307 1 Há no plano da redenção mistérios -- a humilhação do Filho de Deus, o ser achado em forma de homem, o maravilhoso amor e condescendência do Pai ao entregar Seu Filho -- que são para os anjos celestiais motivo de contínuo assombro. O apóstolo Pedro, falando das revelações dadas aos profetas, dos "sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir", diz que para essas coisas "os anjos desejam bem atentar". E isso será o estudo dos remidos através dos séculos eternos. Ao contemplarem a obra de Deus na criação e redenção, novas verdades continuamente se lhes desdobrarão ao espírito surpreso e deleitado. À medida que vão aprendendo mais e mais da sabedoria, amor e poder de Deus, seu espírito se lhes expandirá constantemente, e seu gozo aumentará continuamente. TS2 307 2 Se fosse possível aos seres criados alcançarem plena compreensão de Deus e Suas obras, então, tendo alcançado esse ponto, não haveria para eles novas descobertas de verdade, nem crescimento em sabedoria, nem outro desenvolvimento do espírito e do coração. Deus não mais seria supremo; e os homens, tendo atingido os limites do conhecimento e das realizações, deixariam de avançar. Demos graças a Deus por assim não ser. Deus é infinito; nEle "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". E por toda a eternidade os homens poderão pesquisar sempre, sempre aprendendo, e no entanto jamais exaurirão os tesouros de Sua sabedoria, Sua bondade e Seu poder. TS2 308 1 É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, a verdade seja sempre desvendada a Seu povo. Há unicamente um modo em que esse conhecimento pode ser obtido. Só podemos alcançar a compreensão da Palavra de Deus, mediante a iluminação do Espírito pelo qual foi dada a Palavra. "Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus"; "porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus." 1 Coríntios 2:11, 10. E a promessa do Salvador a Seus discípulos, foi: "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; ... porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar." João 16:13, 14. TS2 308 2 Deus deseja que o homem exerça suas faculdades de raciocínio; e o estudo da Bíblia fortalecerá e enobrecerá o espírito como nenhum outro estudo o poderá fazer. É o melhor exercício mental assim como espiritual, para a mente humana. Devemos, entretanto, acautelar-nos contra o deificar a razão, que é sujeita às fraquezas e enfermidades da humanidade. Se não quisermos que as Escrituras se envolvam em trevas para nosso entendimento, de modo que as mais claras verdades não sejam compreendidas, temos de ter a simplicidade e a fé de uma criancinha, pronta a aprender, e suplicando o auxílio do Espírito Santo. Uma intuição do poder e sabedoria de Deus, e de nossa incapacidade de compreender Sua grandeza, deve inspirar-nos humildemente, e devemos abrir Sua Palavra como se chegássemos à Sua presença, com santo temor. Quando nos achegamos à Bíblia, a razão deve reconhecer uma autoridade superior a si mesma, e coração e intelecto devem prostrar-se ante o grande EU SOU. É prometida iluminação divina TS2 308 3 Só avançaremos em verdadeiro conhecimento espiritual à medida que reconhecermos nossa pequenez e nossa completa dependência de Deus; mas todos os que se aproximam da Bíblia com espírito dócil e devoto, para estudar suas expressões como a Palavra de Deus, esses receberão iluminação divina. Há muitas coisas aparentemente difíceis ou obscuras, que Deus tornará claras e simples aos que assim buscarem compreendê-las. TS2 309 1 Acontece, às vezes, haver homens de capacidade intelectual, desenvolvida pela educação e cultura, os quais não chegam a compreender certas passagens da Escritura, enquanto outros, que não têm instrução, cujo entendimento parece débil e a mente não disciplinada, compreendem sua significação, achando força e consolo naquilo que os primeiros declaram ser misterioso, ou passam por alto como se não tivesse importância. Por que é isso? Foi-me explicado que a última classe não confia em seu próprio entendimento. Vão à Fonte da luz, Àquele que inspirou as Escrituras e, com humildade de coração, pedem a Deus sabedoria e a recebem. Há minas de verdade ainda por descobrir por parte do fervoroso pesquisador. Cristo representou a verdade como sendo um tesouro escondido em um campo. Não está logo na superfície; para encontrá-lo é preciso cavar. Mas o nosso êxito em encontrá-lo não depende tanto de nossa capacidade intelectual como de nossa humildade de coração, e da fé que se apropria da ajuda divina. TS2 309 2 Sem a guia do Espírito Santo estaremos continuamente sujeitos a torcer as Escrituras ou a interpretá-las erradamente. Há muita leitura da Bíblia que é sem proveito, e em muitos casos positivo mal. Quando a Palavra de Deus é aberta sem reverência e sem oração; quando os pensamentos e afeições não se fixam em Deus ou não estão em harmonia com a Sua vontade, o espírito se envolve em dúvida; e no próprio estudo da Bíblia se fortalece o cepticismo. O inimigo toma conta dos pensamentos, e sugere interpretações incorretas. TS2 309 3 Sempre que os homens não estejam buscando, na palavra e nos atos, estar em harmonia com Deus, então, por mais eruditos que sejam, estão sujeitos a errar em sua maneira de entender a Escritura, e não é seguro confiar em suas explanações. Quando buscamos verdadeiramente fazer a vontade de Deus, o Espírito Santo toma os preceitos de Sua Palavra e torna-os os princípios da vida, escrevendo-os nas tábuas da alma. E são só os que seguem a luz que já lhes foi dada, que podem esperar receber maior iluminação do Espírito. Isto está claramente exarado nas palavras de Cristo: "Se alguém quiser fazer a vontade dEle, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se Eu falo de Mim mesmo." João 7:17. TS2 310 1 Os que consultam as Escrituras para nelas encontrar incoerências, não têm discernimento espiritual. Com a visão deturpada, verão muitas causas de dúvida e incredulidade em coisas que na realidade são claras e singelas. Mas para os que tomam a Palavra de Deus com reverência, buscando conhecer Sua vontade a fim de que lhe possam obedecer, tudo se transforma. Enchem-se de reverência e assombro ao contemplarem a pureza e exaltada excelência das verdades reveladas. Os semelhantes atraem-se mutuamente. Apreciam-se mutuamente. A santidade alia-se com a santidade, a fé com a fé. Para o coração humilde e sincero, para a mente indagadora, a Bíblia está repleta de luz e conhecimento. Os que neste espírito se aproximam das Escrituras, são levados em comunhão com profetas e apóstolos. Seu espírito assemelha-se ao de Cristo, e anelam tornar-se um com Ele. TS2 310 2 Julgam muitos que repousa sobre eles a responsabilidade de explicar todas as aparentes dificuldades da Bíblia, a fim de enfrentar as cavilações dos céticos e infiéis. Mas procurando explicar aquilo que compreendem apenas imperfeitamente, acham-se em perigo de confundir a mente dos outros com referência a pontos claros e facilmente compreensíveis. Não é esta nossa obra. Tampouco devemos lamentar que existam essas dificuldades, mas aceitá-las como foram permitidas pela sabedoria de Deus. É dever nosso receber Sua Palavra, que é clara em todos os pontos essenciais à salvação da alma, e praticar seus princípios em nossa vida, ensinando-os a outros, tanto pelo preceito como pelo exemplo. Assim será evidente ao mundo que temos comunhão com Deus e implícita confiança em Sua Palavra. Uma vida de piedade, um diário exemplo de integridade, mansidão e amor abnegado, serão exemplificação viva dos ensinos da Palavra de Deus, e argumento em favor da Bíblia a que poucos serão capazes de resistir. Isso se demonstrará a mais eficaz barreira à prevalecente tendência ao ceticismo e infidelidade. TS2 311 1 Pela fé devemos contemplar o além e tomar posse do penhor de Deus quanto ao desenvolvimento de nosso intelecto, unindo com as divinas as faculdades humanas, e pondo em contato direto com a Fonte da luz todas as faculdades da alma. Podemos regozijar-nos por isso que tudo que, nas providências de Deus, se nos tornou objeto de perplexidade, será então esclarecido; coisas difíceis de compreender encontrarão explicação; e onde nossa mente finita só descobriu confusão e propósitos fracassados, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Diz o apóstolo Paulo: "Agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido." 1 Coríntios 13:12. TS2 311 2 Pedro exorta os irmãos: "Crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 3:18. Sempre que o povo de Deus estiver crescendo em graça, obterão constantemente uma compreensão mais clara de Sua Palavra. Hão de distinguir mais luz e beleza em suas sagradas verdades. Isto se tem verificado na história da igreja em todos os séculos, e assim continuará até ao fim. Mas, à medida que a verdadeira vida espiritual declina, tem sido sempre a tendência cessar o crente de avançar no conhecimento da verdade. Os homens ficam satisfeitos com a luz já recebida da Palavra de Deus, e desanimam qualquer posterior investigação das Escrituras. Tornam-se conservadores, e procuram evitar novo exame. Chamado a diligente estudo TS2 311 3 O fato de não haver controvérsias ou agitações entre o povo de Deus, não devia ser olhado como prova concludente de que eles estão mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão para temer que não estejam discernindo claramente entre a verdade e o erro. Quando não surgem novas questões em resultado de investigação das Escrituras, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem os homens a examinar a Bíblia por si mesmos, para se certificarem de que possuem a verdade, haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê. TS2 312 1 Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente, não sabem o que crêem. Não compreendem as provas de sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Homens que agora pregam a outros, ao examinarem, quando chegar o tempo de angústia, a posição em que se encontram, verificarão que há muitas coisas para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até que fossem assim provados, desconheciam sua grande ignorância. E há na igreja muitos que contam por certo que compreendem aquilo em que crêem, mas que, até surgir uma discussão, ignoram sua fraqueza. Quando separados dos da mesma fé, e forçados a estar sozinhos e expor por si mesmos sua crença, ficarão surpreendidos de ver quão confusas são suas idéias do que têm aceito como verdade. É certo que tem havido entre nós um afastamento do Deus vivo e um voltar-se para os homens, pondo a sabedoria humana em lugar da divina. TS2 312 2 Deus despertará Seu povo; se outros meios falharem, introduzir-se-ão entre eles heresias, as quais os hão de peneirar, separando a palha do trigo. O Senhor chama todos os que crêem em Sua Palavra, para que despertem do sono. Tem vindo uma preciosa luz, apropriada aos nossos dias. É a verdade bíblica, mostrando os perigos que se acham mesmo impendentes sobre nós. Essa luz nos deve levar a um diligente estudo das Escrituras, e a um mais atento exame crítico das posições que mantemos. É vontade de Deus que todos os fundamentos e posições da verdade sejam acurada e perseverantemente investigados, com oração e jejum. Os crentes não devem ficar em suposições e mal definidas idéias do que constitui a verdade. Sua fé deve estar firmemente estabelecida sobre a Palavra de Deus, de maneira que, quando o tempo de prova chegar, e eles forem levados perante os concílios para responder por sua fé, sejam capazes de dar uma razão para a esperança que neles há, com mansidão e temor. TS2 313 1 Agitai, agitai, agitai! Os assuntos que apresentamos ao mundo devem ser para nós uma realidade viva. É importante que, ao defender as doutrinas que consideramos artigos fundamentais da fé, nunca nos permitamos o emprego de argumentos que não sejam inteiramente retos. Eles podem fazer calar um adversário, mas não honram a verdade. Devemos apresentar argumentos legítimos, que não somente façam silenciar os oponentes, mas que suportem a mais acurada e perscrutadora investigação. Quanto aos que se preparam para debates, há grande perigo de que eles não lidem com lisura em relação à Palavra de Deus. Ao enfrentar um adversário, deve ser nosso mais sincero esforço apresentar os assuntos de maneira tal que despertemos a convicção em seu espírito, em vez de procurar meramente inspirar confiança ao crente. TS2 313 2 Seja qual for o grande adiantamento intelectual do homem, não pense ele, nem por um momento, que não há necessidade de inteira e contínua indagação das Escrituras em busca de maior luz. Como um povo, somos convidados individualmente ao estudo da profecia. Devemos observar atentamente, a fim de distinguir qualquer raio de luz que Deus nos apresente. Devemos apanhar os primeiros clarões da verdade; e, mediante estudo secundado de oração, poder-se-á obter mais intensa luz, a qual poderá ser apresentada aos outros. TS2 313 3 Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui, podemos estar certos de que Ele os não favorecerá. É Sua vontade que eles marchem sempre avante, recebendo a avultada e sempre crescente luz que para eles brilha. A atitude atual da igreja não agrada a Deus. Tem-se introduzido uma confiança em si mesmos que os tem levado a não sentir nenhuma necessidade de mais verdade e maior luz. Vivemos numa época em que Satanás opera à direita e à esquerda, em nossa frente e por trás de nós; e todavia, como um povo, estamos dormindo. Deus deseja que se faça ouvir uma voz despertando Seu povo para a ação. Resultados de criticar a Bíblia TS2 314 1 Em vez de abrir a alma para receber os raios de luz do Céu, alguns têm trabalhado em direção contrária. Tanto pela imprensa como do púlpito têm sido apresentados, com respeito à inspiração da Bíblia, opiniões que não têm a sanção do Espírito nem da Palavra de Deus. Certo é que nenhum homem ou grupo de homens deve empreender apresentar teorias sobre assunto de tão grande importância, sem um claro "Assim diz o Senhor" em seu apoio. E quando homens, rodeados de fraquezas humanas, afetados em maior ou menor medida pelas influências ambientes, e tendo tendências hereditárias e cultivadas que estão longe de os tornar sábios ou espirituais, empreendem acusar publicamente a Palavra de Deus, e lavrar sentença sobre o que é divino e o que é humano, estão eles trabalhando sem o conselho de Deus. O Senhor não fará prosperar semelhante obra. O efeito será desastroso, tanto sobre o que nisso se empenha, como sobre os que o aceitam como obra de Deus. As teorias apresentadas quanto à natureza da inspiração têm despertado em muitas mentes o ceticismo. Seres finitos, com suas opiniões estreitas e curtas de vista, julgam-se competentes para criticar as Escrituras, dizendo: "Esta passagem é necessária, e aquela outra não é necessária, nem é inspirada." TS2 314 2 Cristo não deu semelhante instrução a respeito das Escrituras do Velho Testamento, a única parte da Bíblia que o povo de Seu tempo possuía. Seus ensinos se destinavam a dirigir-lhes o espírito para o Velho Testamento e fazer incidir mais luz sobre os grandes temas ali apresentados. Por séculos o povo de Israel estivera a afastar-se de Deus, e perdera de vista as preciosas verdades que Ele lhes confiara. Essas verdades foram cobertas com fórmulas e cerimônias supersticiosas, que lhes ocultavam o verdadeiro significado. TS2 314 3 Cristo veio para remover o lixo que lhes obscurecera o brilho. Colocou-as, quais gemas preciosas, em novo engaste. Mostrou que, longe de desdenhar a repetição de velhas verdades familiares, Ele veio para as fazer aparecer em sua verdadeira força e beleza, cuja glória nunca fora discernida pelos homens de Seu tempo. Autor Ele mesmo dessas verdades reveladas, bem podia apresentar ao povo seu sentido verdadeiro, libertando-as das falsas interpretações e teorias adotadas pelos líderes para satisfazer a seu estado profano, sua falta de espiritualidade e de amor de Deus. Removeu Ele aquilo que roubara a essas verdades a vida e poder vital, restituindo-as ao mundo em toda a sua frescura e força originais. TS2 315 1 Se temos o Espírito de Cristo e somos cooperadores Seus, é nosso quinhão levar avante a obra que Ele veio fazer. As verdades da Bíblia de novo se tornaram obscurecidas pelos costumes, tradições e doutrinas falsas. Os ensinamentos errôneos da teologia corrente têm feito milhares sobre milhares de céticos e infiéis. Há erros e incoerências que muitos denunciam como sendo ensinos da Bíblia, mas que não passam, em realidade, de falsas interpretações da Escritura, adotados durante os séculos das trevas papais. Multidões têm sido levadas a nutrir um conceito errado de Deus, como os judeus, transviados pelos erros e tradições de seu tempo, mantinham falso conceito de Cristo. "Se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória." 1 Coríntios 2:8. A nós é que compete revelar ao mundo o verdadeiro caráter de Deus. Em vez de criticar a Bíblia, busquemos, por preceito e exemplo, apresentar ao mundo as verdades, sagradas e doadoras de vida, a fim de que possamos anunciar "as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz". TS2 315 2 Os males que se têm insinuado gradualmente entre nós, têm imperceptivelmente desviado indivíduos e igrejas da reverência devida a Deus, excluindo o poder que Ele lhes deseja dar. TS2 315 3 Meus irmãos, que a Palavra de Deus permaneça exatamente tal qual é. Que nenhuma sabedoria humana presuma diminuir a força de uma só declaração das Escrituras. A solene denúncia do Apocalipse deveria advertir-nos contra semelhante atitude. Em nome de meu Senhor eu vos ordeno: "Tira os teus sapatos de teus pés, porque o lugar em que tu estás é terra santa." TS2 316 1 A Bíblia com suas preciosas gemas de verdade não foi escrita para o sábio somente. Ao contrário, destina-se ao povo comum; e a interpretação que lhe dá o povo comum, quando auxiliado pelo Espírito Santo, harmoniza-se melhor com a verdade como é em Jesus. As grandes verdades necessárias para a salvação tornam-se claras como a luz meridiana, e ninguém errará o caminho exceto os que seguem seu próprio juízo em vez da vontade de Deus, claramente revelada. -- Testimonies for the Church 5:331 (1885). TS2 316 2 Vi que os que desejam, encontrarão bastante oportunidade para duvidar da inspiração e veracidade da Palavra de Deus. Deus não obriga ninguém a crer. Podem escolher confiar nas evidências que Ele houve por bem dar, ou podem duvidar e perecer. -- Testimonies for the Church 1:427 (1864). TS2 316 3 Os judeus aguardavam o Messias; mas Ele não veio como haviam predito que viria, e se Ele houvesse de ser aceito como o Prometido, seus eruditos mestres seriam forçados a reconhecer que haviam errado. Esses líderes separaram-se de Deus, e Satanás lhes trabalhou o espírito a fim de os levar a rejeitar o Salvador. De preferência a ceder seu orgulho de opinião, fecharam os olhos a todas as evidências de Seu messiado, e não só rejeitaram eles mesmos a mensagem da salvação, mas endureceram o coração do povo contra Jesus. Sua história deve servir-nos de solene advertência. TS2 316 4 Não devemos nunca esperar que, quando o Senhor tem luz para Seu povo, Satanás se deixe ficar tranqüilo a um lado, sem fazer esforços por impedi-los de recebê-la. Trabalhará nos espíritos para excitar desconfiança e inveja e incredulidade. Cuidemos para não recusar a luz que Deus envia, por não vir da maneira que nos agrade. Não seja desviada de nós a bênção de Deus por não conhecermos o tempo de nossa visitação. Se houver quem não reconheça nem aceite a luz, que não feche o caminho a outros. Não se venha a dizer deste povo, altamente favorecido, o que foi dito dos judeus quando lhes foram pregadas as boas novas do reino: "Vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam." Lucas 11:52. -- Testimonies for the Church 5:728 (1889). ------------------------Capítulo 43 -- O conflito impendente TS2 318 1 Uma grande crise aguarda ao povo de Deus. Uma crise aguarda ao mundo. A mais momentosa luta de todos os séculos está justamente à nossa frente. Acontecimentos que, há mais de quarenta anos, baseados na autoridade da palavra profética, declarávamos estarem iminentes, desenrolam-se agora perante nossos olhos. Já os legisladores da nação [refere-se aos Estados Unidos] foram instados a emendarem a Constituição, restringindo a liberdade de consciência. A questão de impor a observância do domingo tornou-se de interesse e importância nacionais. Bem sabemos qual será o resultado deste movimento. Mas estaremos prontos para o acontecimento? Temo-nos desincumbido fielmente do dever que Deus nos confiou, de dar ao povo a advertência quanto ao perigo que têm pela frente? TS2 318 2 Muitos há, mesmo entre os que se empenham neste movimento em favor da imposição do domingo, que se acham cegos aos resultados que seguirão a essa ação. Não vêem que golpeiam diretamente a liberdade religiosa. Muitos existem que jamais compreenderam as reivindicações do sábado bíblico e o falso fundamento sobre o qual repousa a instituição do domingo. Qualquer movimento em favor da legislação religiosa é realmente um ato de concessão ao papado, que por tantos séculos tem constantemente guerreado contra a liberdade de consciência. A observância do domingo deve sua existência como assim chamada instituição cristã, ao "mistério da iniqüidade"; e sua imposição será o virtual reconhecimento dos princípios que são a pedra angular do romanismo. Quando nossa nação abjurar os princípios de seu governo de tal forma que vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao papado; isso não será outra coisa senão dar vida à tirania que há muito aguarda ansiosa sua oportunidade de saltar de novo para o despotismo ativo. Males da legislação religiosa TS2 319 1 O movimento da Reforma Nacional, exercendo o poder da legislação religiosa manifestará, quando plenamente desenvolvido, a mesma intolerância e opressão que prevaleceram nos séculos passados. Concílios humanos assumiam então as prerrogativas da Divindade, esfacelando, sob seu poder despótico, a liberdade de consciência; e a prisão, o exílio e a morte seguiam aos que se opunham aos seus ditames. Se o papado ou seus princípios forem de novo guindados ao poder pela lei, os fogos da perseguição de novo se acenderão contra os que não quiserem sacrificar a consciência e a verdade em deferência a erros populares. Este mal está prestes a realizar-se. TS2 319 2 Se Deus nos proporcionou luz que mostra os perigos à nossa frente, como poderemos subsistir perante Ele se negligenciarmos envidar todos os esforços que pudermos para apresentá-la ao povo? Poderemos contentar-nos com deixá-los a ir ao encontro desse acontecimento momentoso sem os advertir? TS2 319 3 Há perante nós a perspectiva de uma luta contínua, com risco de prisão, perda de propriedade, e da própria vida, para defender a lei de Deus, que é anulada pelas leis dos homens. Nesta situação, os planos de ação mundanos instarão em que se condescenda exteriormente com as leis do país, por amor da paz e harmonia. E alguns há que mesmo instarão com esse procedimento baseando-se na passagem: "Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores. ... As potestades que há foram ordenadas por Deus." Romanos 13:1. TS2 319 4 Mas qual foi o procedimento dos servos de Deus nos séculos passados? Quando os discípulos pregaram a Cristo, e Ele crucificado, após Sua ressurreição, as autoridades mandaram-lhes que não falassem nem ensinassem mais nada em nome de Jesus. "Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido." Atos dos Apóstolos 4:19, 20. Continuaram a pregar as boas novas da salvação por Cristo, e o poder de Deus acompanhou a mensagem. Os doentes foram curados e milhares se acrescentaram à igreja. "Levantando-se o sumo sacerdote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja, e lançaram mão dos apóstolos, e os puseram na prisão pública." Atos dos Apóstolos 5:17, 18. TS2 320 1 Mas o Deus do Céu, o grande Governador do Universo, tomou o caso em Suas mãos; porque os homens estavam combatendo a Sua obra. Mostrou-lhes claramente que há um governador acima dos homens, cuja autoridade tem de ser respeitada. O Senhor enviou o Seu anjo à noite, para abrir as portas da prisão, e ele livrou àqueles homens que Deus comissionara para fazer Sua obra. Disseram os principais dos sacerdotes que "absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus"; mas o mensageiro celestial, enviado por Deus, disse: "Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida." Atos dos Apóstolos 4:18; 5:20. TS2 320 2 Os que procuram obrigar os homens a observarem uma instituição do papado, e pisam a autoridade de Deus, estão fazendo uma obra semelhante à dos guias judeus nos dias dos apóstolos. Quando as leis dos governadores terrestres são postas em oposição às leis do Governador Supremo do Universo, então os que são leais súditos de Deus ser-Lhe-ão fiéis. Sinais do perigo que se aproxima TS2 320 3 Nós como um povo não temos cumprido a obra que Deus nos confiou. Não estamos preparados para o desfecho ao qual nos levará a imposição da lei dominical. É nosso dever, ao vermos os sinais do perigo que se aproxima, despertar-nos para a ação. Que ninguém se assente em calma expectativa do mal, confortando-se com a crença de que esta obra terá de prosseguir porque a profecia o predisse, e que o Senhor guardará o Seu povo. Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. Fervente e eficaz oração deve ascender ao Céu para que essa calamidade seja deferida até que possamos realizar a obra por tanto tempo negligenciada. Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações. Pode parecer que Satanás esteja triunfante e que a verdade seja abatida pela falsidade e o erro; o povo sobre o qual Deus estendeu Seu escudo, e o país que tem sido um asilo para os servos de Deus e defensores da verdade, oprimidos em sua consciência, podem correr perigo. Mas Deus deseja que recordemos Seu trato com Seu povo no passado, para salvá-los dos inimigos. Ele sempre tem escolhido extremidades, ocasiões em que parecia não haver possibilidade de libertamento das operações de Satanás, para a manifestação de Seu poder. A necessidade do homem é a oportunidade de Deus. Pode ser que ainda seja concedido ao povo de Deus um prazo para despertar e fazer brilhar sua luz. Se a presença de dez justos teria salvo as ímpias cidades da planície, não será possível que Deus, em resposta às orações de Seu povo, mantenha em xeque as operações dos que anulam Sua lei? Não deveremos humilhar grandemente o coração perante Deus, fugindo para junto do trono de misericórdia, e instar com Ele para que revele Seu grande poder? TS2 321 1 Se nosso povo continuar na atitude indiferente na qual têm estado, Deus não poderá derramar sobre eles o Seu Espírito. Não estão preparados para cooperar com Ele. Não estão despertos para com a situação e não reconhecem o perigo que ameaça. Devem sentir agora, qual nunca dantes, sua necessidade de vigilância e ação coordenada. TS2 321 2 A obra peculiar do terceiro anjo não foi ainda vista em sua importância. Deus pretendia que Seu povo estivesse muito mais adiante da posição que ocupam hoje. Mas agora que é chegado o tempo para se porem em ação, têm ainda que fazer o preparo. Quando os Reformadores Nacionais começaram a instar por medidas tendentes a restringir a liberdade religiosa, nossos dirigentes deviam ter estado despertos à situação e deveriam ter trabalhado fervorosamente para neutralizar esses esforços. Não é ordenado por Deus que a luz tenha sido retida de nosso povo -- a própria verdade presente de que careciam para este tempo. Nem todos os nossos ministros que estão proclamando a mensagem do terceiro anjo, compreendem realmente o que constitui essa mensagem. O movimento da Reforma Nacional foi por alguns considerado de tão pouca importância que não julgaram necessário dar-lhe muita atenção, julgando mesmo que, assim procedendo, concederiam tempo para questões diferentes da mensagem do terceiro anjo. Que o Senhor perdoe a nossos irmãos por assim terem interpretado a própria mensagem para este tempo. Despertar para a ação TS2 322 1 O povo deve ser despertado em relação aos perigos do tempo presente. Os atalaias estão adormecidos. Estamos com anos de atraso. Que os principais atalaias sintam a necessidade urgente de olharem por si mesmos, a fim de que não percam as oportunidades que lhes são dadas, de verem os perigos. TS2 322 2 Se os dirigentes de nossas Associações não aceitarem agora a mensagem que Deus lhes envia, e não cerrarem fileiras para a ação, as igrejas sofrerão grande perda. Quando o atalaia, vendo vir a espada, dá à trombeta um sonido certo, o povo em toda a linha ecoa a advertência, e todos terão oportunidade de preparar-se para o conflito. Mas demasiadas vezes o líder tem ficado hesitando, como que dizendo: "Não nos apressemos demais. Pode haver engano. Devemos ter cuidado para não levantar alarme falso." A própria hesitação e incerteza de sua parte como que está a dizer: "'Paz e segurança!' Não vos exciteis. Nada de alarmar-vos. Tem-se falado mais dessa questão da emenda religiosa do que ela merece. Esta agitação toda amainará." Assim ele virtualmente nega a mensagem enviada de Deus, e a advertência que se destinava a despertar as igrejas, deixa de realizar sua obra. A trombeta do atalaia não dá sonido certo, e o povo não se prepara para a batalha. Que os atalaias cuidem não aconteça que, por sua hesitação e demora, almas sejam deixadas a perecer, e seu sangue seja requerido de sua mão. TS2 323 1 Por muitos anos temos aguardado a imposição de uma lei dominical em nossa terra; e, agora que o movimento nos está sobre a cabeça, perguntamos: Cumprirá nosso povo seu dever na questão? Não poderemos ajudar a erguer a norma e chamar para a frente os que têm consideração pelos seus direitos e privilégios religiosos? Aproxima-se rápido o tempo em que os que preferem obedecer a Deus a obedecer ao homem serão levados a sentir a mão da opressão. Desonraremos, pois, a Deus conservando-nos silenciosos enquanto Seus santos mandamentos são pisados a pés? TS2 323 2 Enquanto o mundo protestante está por sua atitude fazendo concessões a Roma, despertemos para compreender a situação e observar em seus verdadeiros lances a contenda ante nós. Ergam os vigias agora a voz e dêem a mensagem que é verdade presente para este tempo. Mostremos ao povo onde nos encontramos na história profética e procuremos despertar o espírito do verdadeiro protestantismo, acordando o mundo para a intuição do valor dos privilégios da liberdade religiosa por tanto tempo usufruídos. TS2 323 3 Deus nos convida a despertarmo-nos, pois está perto o fim. Cada hora que passa é de atividade nas cortes celestiais, para preparar sobre a Terra um povo que faça sua parte nas grandes cenas que em breve se desenrolarão ante nós. Esses momentos que passam, e que de tão pouco valor se nos afiguram, estão pejados de interesses eternos. Estão a moldar o destino de almas para a vida eterna ou a eterna morte. As palavras que proferimos hoje aos ouvidos do povo, as obras que efetuamos, o espírito da mensagem que proclamamos, serão um cheiro de vida para vida ou de morte para morte. Preparo para a crise TS2 323 4 Meus irmãos, reconheceis que vossa própria salvação, assim como o destino de outras almas, depende do preparo que agora fazeis para a prova ante nós? Tendes aquela intensidade de zelo, aquela piedade e devoção, que vos habilitarão a subsistir quando se manifestar a oposição contra vós? Se Deus já falou por mim, virá o tempo em que sereis levados perante conselhos, e cada aspecto da verdade que mantendes será criticado severamente. O tempo que tantos estão deixando passar desperdiçado, deveria ser dedicado ao encargo que Deus nos deu de preparar-nos para a crise que se aproxima. TS2 324 1 A lei de Deus deve ser amada e honrada por Seu verdadeiro povo, agora mais que nunca. Há a mais imperativa necessidade de impressionar a mente e o coração de todos os crentes, homens e mulheres, jovens e crianças, com a ordem de Cristo: "Examinai as Escrituras." João 5:39. Estudai vossa Bíblia como nunca dantes a estudastes. A menos que vos ergais a um estado mais alto e santo em vossa vida religiosa, não estareis prontos para o aparecimento de nosso Senhor. Como foi dada grande luz, Deus espera correspondente zelo, fidelidade e devoção da parte de Seu povo. Tem de haver mais espiritualidade, mais profunda consagração a Deus, e um zelo em Sua obra, nunca dantes igualado. Muito tempo deve ser despendido em oração, para que as vestes de nosso caráter sejam lavadas e branqueadas no sangue do Cordeiro. TS2 324 2 Devemos, especialmente, com fé inabalável, buscar de Deus graça e poder para Seu povo agora. Não acreditamos ter chegado plenamente o tempo em que Ele haja por bem que nossas liberdades sejam restringidas. O profeta viu "quatro anjos que estavam sobre os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma". Outro anjo, vindo do oriente, bradou-lhes, dizendo: "Não danifiqueis a Terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos de nosso Deus." Apocalipse 7:1, 3. Isto assinala o trabalho que devemos fazer agora. Uma grande responsabilidade cabe aos homens e mulheres de oração através do país, de pedir a Deus que detenha a nuvem do mal e conceda mais alguns anos de graça nos quais trabalhar para o Mestre. Clamemos a Deus para que os anjos segurem os quatro ventos até que sejam enviados missionários a todas as partes do mundo, e proclamem a advertência contra a desobediência à lei de Jeová. ------------------------Capítulo 44 -- O inestimável dom TS2 326 1 "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nEle... para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em caridade; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo,... para louvor e glória da Sua graça, pela qual nos fez agradáveis a Si no Amado. Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua graça." Efésios 1:3-7. TS2 326 2 "Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo... e nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus." Efésios 2:4-7. TS2 326 3 Tais são as palavras com que "Paulo, o velho", "Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo", escrevendo de sua prisão em Roma, procurou expor a seus irmãos aquilo que ele achou a linguagem insuficiente para exprimir em toda a sua plenitude -- "as riquezas incompreensíveis de Cristo", o tesouro de graça gratuitamente oferecido aos caídos filhos dos homens. O plano da redenção foi estabelecido por um sacrifício, uma dádiva. Diz o apóstolo: "Sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre; para que pela Sua pobreza enriquecêsseis." 2 Coríntios 8:9. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Cristo "Se deu a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade". Tito 2:14. E como a suprema bênção da redenção, "o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor". Romanos 6:23. TS2 327 1 "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam." 1 Coríntios 2:9. Certamente não há ninguém que, contemplando as riquezas de Sua graça, possa deixar de exclamar com o apóstolo: "Graças a Deus pelo Seu dom inefável." 2 Coríntios 9:15. Refletir a glória de Deus TS2 327 2 Como o plano da redenção começa e finda com um dom, assim deve ele ser levado adiante. O mesmo espírito de sacrifício que nos comprou a salvação, habitará no coração de todos quantos se tornarem participantes do dom celestial. Diz o apóstolo Pedro: "Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." 1 Pedro 4:10. Disse Jesus a Seus discípulos, quando os enviou: "De graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:8. Não pode haver na pessoa que se acha em harmonia com Cristo, nada de egoísmo ou exclusivismo. O que bebe da água viva, verificará que ela é "nele uma fonte de água que salta para a vida eterna". João 4:14. O Espírito de Cristo é, dentro dele, uma fonte que mana no deserto, para refrigerar a todos, e fazendo com que os que se acham prestes a perecer, fiquem ansiosos de beber da água da vida. Foi o mesmo espírito de amor e abnegação que habitou em Cristo, que impeliu o apóstolo Paulo a seus múltiplos labores. "Eu sou devedor", diz ele, "tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes." Romanos 1:14. "A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo." Efésios 3:8. TS2 327 3 Nosso Senhor pretendia que Sua igreja refletisse ao mundo a plenitude e eficiência que nEle encontramos. Recebemos continuamente da munificência de Deus, e comunicando-a por nossa vez, representamos para o mundo o amor e a beneficência de Cristo. Enquanto todo o Céu está em movimento, despachando mensageiros a todas as partes da Terra a fim de levarem avante a obra da redenção, a igreja do Deus vivo deve também colaborar com Cristo. Somos membros de Seu corpo místico. Ele é a cabeça, regendo todos os membros do corpo. O próprio Jesus, em Sua infinita misericórdia, está operando nos corações humanos, efetuando transformações espirituais tão pasmosas, que os anjos as contemplam com estupefação e alegria. O mesmo abnegado amor que caracteriza o Mestre, manifesta-se no caráter e na vida de Seus verdadeiros seguidores. Cristo espera que os homens se tornem participantes de Sua natureza divina enquanto estão aqui no mundo, refletindo assim não somente Sua glória para louvor de Deus, mas iluminando as trevas deste mundo com as irradiações do Céu. Assim se cumprirão as palavras de Cristo: "Vós sois a luz do mundo." Mateus 5:14. TS2 328 1 "Nós somos cooperadores de Deus", "despenseiros da multiforme graça de Deus." 1 Coríntios 3:9; 1 Pedro 4:10. O conhecimento da graça de Deus, as verdades de Sua Palavra, bem como os dons temporais -- tempo e meios, talentos e influência -- constituem todos um legado da parte de Deus, para serem empregados para glória Sua e salvação dos homens. Coisa alguma pode ser mais ofensiva a Deus, que está constantemente outorgando Seus dons ao homem, do que vê-lo egoisticamente apegado a esses dons, sem nada devolver ao Doador. Jesus está agora no Céu preparando mansões para os que O amam; sim, mais que mansões, um reino que nos há de pertencer. Todos, porém, quantos hão de herdar essas bênçãos, precisam partilhar da abnegação e sacrifício de Cristo para o bem de outros. Responder ao clamor macedônico TS2 328 2 Jamais houve maior necessidade de diligente e abnegado labor na causa de Cristo, do que agora, quando as horas do tempo de graça se estão rapidamente a encerrar, e a última mensagem de misericórdia tem de ser dada ao mundo. Minha alma se comove dentro de mim ao vir de todas as direções o grito macedônico, de cidades e vilas de nossa própria terra, de além do Atlântico e do vasto Pacífico e das ilhas do mar: "Passa... e ajuda-nos." Atos dos Apóstolos 16:9. Irmãos e irmãs, respondereis vós a esse clamor, dizendo: "Faremos tudo ao nosso alcance, tanto em enviar missionários como em dar dinheiro. Renunciaremos a nós mesmos no embelezamento de nossa casa, no adorno de nossa pessoa e na satisfação do apetite. Poremos na causa de Deus o dinheiro que nos foi confiado e devotar-nos-emos também sem reservas a Sua obra"? As necessidades da obra são-nos expostas; os tesouros vazios constituem para nós mui comovente apelo. Um dólar agora vale mais do que dez num período futuro. TS2 329 1 Trabalhai, irmãos, trabalhai enquanto tendes oportunidade, enquanto o dia se prolonga. Trabalhai, pois "a noite vem, quando ninguém pode trabalhar". Quão presto vem aquela noite, impossível vos é dizer. Agora é a vossa oportunidade; aproveitai-a. Se existem alguns que não podem fazer esforço pessoal na obra missionária, que vivam economicamente, dando de seus rendimentos. Podem assim contribuir com dinheiro para o envio de revistas e livros para os que não têm a luz da verdade; podem ajudar a pagar as despesas de alunos que se estão preparando para a obra missionária. Que todo dinheiro que vos for possível poupar seja posto no banco celeste. TS2 329 2 "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." Mateus 6:19-21. TS2 329 3 Eis as palavras de Jesus, que tanto vos amou que deu a própria vida, para que pudésseis ter um lar com Ele em Seu reino. Não desonreis vosso Senhor desprezando-Lhe a ordem explícita. TS2 330 1 Deus pede aos que têm posses em terras e casas, que as vendam para empregar o dinheiro onde ele for suprir a grande necessidade no campo missionário. Havendo eles experimentado a verdadeira satisfação que provém de assim fazer, manterão aberto o conduto, e os meios que o Senhor lhes confiou fluirão sem cessar para o tesouro, a fim de que almas se convertam. Estas almas, por sua vez, exercerão a mesma abnegação, economia e simplicidade por amor de Cristo, de maneira a poderem, também, levar suas ofertas a Deus. Mediante esses talentos, sabiamente empregados outras almas ainda se podem converter; e assim prossegue a obra, mostrando que os dons de Deus são apreciados. O Doador é reconhecido, e a fidelidade de Seus mordomos redunda em glória para Ele. TS2 330 2 Quando fazemos esses fervorosos apelos em benefício da causa de Deus, e apresentamos as necessidades financeiras de nossas missões, almas conscienciosas que crêem na verdade ficam profundamente comovidas. Como a viúva pobre, a quem Cristo louvou, a qual pôs no tesouro as duas moedinhas, dão de sua pobreza, ao máximo de sua capacidade. Essas pessoas privam-se muitas vezes das próprias necessidades aparentes da vida; ao passo que há homens e mulheres que, possuindo casas e terras, apegam-se ao tesouro terreno com tenaz egoísmo, e não têm fé suficiente na mensagem e em Deus para empregar seus meios em Sua obra. A estes se aplicam especialmente as palavras de Cristo: "Vendei o que tendes, e dai esmolas." Lucas 12:33. TS2 330 3 Homens e mulheres pobres há que me escrevem pedindo conselho quanto a deverem eles vender sua morada e darem o resultado à causa. Dizem que os apelos no sentido de meios lhes tocam a alma, e querem fazer alguma coisa pelo Mestre que tudo tem feito por eles. A esses, eu diria: "Talvez não seja dever vosso venderdes vossa casinha agora; buscai, porém, a Deus, vós mesmos; certamente o Senhor vos ouvirá a sincera oração pedindo sabedoria para compreender vosso dever." Caso houvesse mais pessoas buscando de Deus sabedoria celestial, e menos a procurarem a sabedoria humana, seria incomparavelmente maior a luz vinda do Céu, e Deus abençoaria o humilde indagador. TS2 331 1 Posso, todavia, dizer àqueles a quem Deus confiou bens, que são possuidores de casas e terras: "Começai a vender, e dai ofertas. Não vos detenhais. Deus espera de vós mais do que tendes tido boa vontade de dar." Convidamos-vos, a vós que possuís recursos, a indagar com sincera oração: Até aonde requer Deus de mim e de minha propriedade? Há agora uma obra a fazer no sentido de preparar um povo para subsistir no dia do Senhor. Importa empregar meios na obra de salvar homens que, por sua vez, hão de trabalhar por outros. Sede prontos em devolver a Deus o que Lhe é devido. Uma razão de haver tão grande carência do Espírito de Deus, é estarem tantos roubando ao Senhor. TS2 331 2 Há, na experiência das igrejas da Macedônia, tal como Paulo a descreve, uma lição para nós. Diz ele que eles "a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor". 2 Coríntios 8:5. Depois, estavam ansiosos de dar seus meios a Cristo. "Em muita prova de tribulação houve abundância de seu gozo, e ... a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço." 2 Coríntios 8:2-4. A regra para dar TS2 331 3 Paulo estabelece uma regra para dar à causa de Deus, e diz-nos quais serão os resultados, tanto em relação a nós mesmos, como a Deus. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará." "E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra. ... Ora, Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus." 2 Coríntios 9:6-11. TS2 332 1 Não devemos pensar que podemos fazer ou dar qualquer coisa que nos dê direito ao favor de Deus. Diz o apóstolo: "Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?" Quando Davi e o povo de Israel haviam reunido o material que prepararam para a construção do templo, o rei, ao entregar o tesouro aos príncipes da congregação, regozijou-se e deu graças a Deus em palavras que deviam permanecer sempre no coração do povo de Deus. "Davi louvou ao Senhor perante os olhos de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és Tu, Senhor, Deus de nosso pai Israel, de eternidade em eternidade. Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder e a honra, e a vitória, e a majestade; porque Teu é tudo quanto há nos Céus e na Terra. ... E na Tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso, graças Te damos, e louvamos o nome da Tua glória. Por que quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos. Porque somos estranhos diante de Ti, e peregrinos como todos os nossos pais; como a sombra são os nossos dias sobre a Terra, e não há outra esperança. Senhor Deus nosso, toda esta abundância, que preparamos, para Te edificar uma casa ao Teu santo nome, vem da Tua mão, e toda é Tua. E bem sei eu, Deus meu, que Tu provas os corações, e que da sinceridade Te agradas. Eu também na sinceridade de meu coração voluntariamente dei todas estas coisas; e agora vi com alegria que o Teu povo, que se acha aqui, voluntariamente Te deu." 1 Crônicas 29:10-17. TS2 332 2 Fora Deus que provera o povo com as riquezas da terra, e Seu Espírito o fizera voluntário para levar das preciosidades que possuíam para o templo. Tudo era do Senhor; se Seu divino poder não houvesse movido o coração do povo, os esforços do rei teriam sido em vão, e nunca se haveria erigido o templo. TS2 333 1 Tudo quanto os homens recebem da munificência divina, pertence ainda a Deus. Tudo quanto Ele tem concedido das coisas valiosas e belas da Terra, é colocado em nossas mãos para provar-nos, para sondar a profundidade de nosso amor por Ele, e de nossa apreciação de Seus favores. Sejam os tesouros da riqueza ou da inteligência, devem ser depositados como oferta voluntária aos pés de Jesus. TS2 333 2 Nenhum de nós pode passar sem as bênçãos de Deus, mas Ele pode fazer Sua obra sem auxílio humano, se assim quiser. Deu no entanto a cada homem sua obra, e confia-lhes tesouros de riqueza e de inteligência, como a mordomos Seus. Seja o que for que devolvamos a Deus é, pela Sua misericórdia, posto em nosso favor como mordomos fiéis. Devemos compreender sempre, porém, que isto não é uma obra de mérito por parte do homem. Por grande que seja a capacidade do homem, nada ele possui que não lhe tenha sido dado por Deus, e que Ele não possa retirar, caso esses preciosos testemunhos de Seu favor não sejam apreciados e devidamente aplicados. Os anjos de Deus, cujas percepções não foram obscurecidas pelo pecado, reconhecem os dons do Céu como concedidos com a intenção de que os mesmos sejam devolvidos de tal maneira que acrescentem a glória do grande Doador. O bem-estar do homem está ligado à soberania de Deus. A glória de Deus é a alegria e a bênção de todos os seres criados. Quando buscamos promover-Lhe a glória, estamos procurando para nós mesmos o máximo bem que nos é possível receber. Irmãos e irmãs em Cristo, Deus pede a consagração de toda faculdade, todo dom que dEle recebestes, a Seu serviço. Quer que digais com Davi: "Tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos." ------------------------Capítulo 45 -- O caráter de Deus revelado em Cristo TS2 334 1 Disse o Salvador: "E a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. E Deus declarou por meio do profeta: "Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." Jeremias 9:23, 24. TS2 334 2 Homem algum, sem auxílio divino, pode atingir a esse conhecimento de Deus. O apóstolo diz que "o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria". 1 Coríntios 1:21. Cristo "estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu". João 1:10. Jesus declarou aos discípulos: "Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar." Mateus 11:27. Naquela última oração por Seus seguidores, antes de penetrar nas sombras do Getsêmani, o Salvador elevou os olhos ao céu, e em piedade para com a ignorância dos homens caídos , disse: "Pai justo, o mundo não Te conheceu; mas Eu Te conheci." "Manifestei o Teu nome aos homens que do mundo Me deste." João 17:25, 26. TS2 334 3 Desde o princípio tem sido plano estudado de Satanás fazer com que os homens se esqueçam de Deus, de modo a assenhorear-se deles. Daí, tem procurado desfigurar o caráter de Deus, levar os homens a nutrir a Seu respeito uma falsa concepção. O Criador tem sido apresentado ao espírito deles revestido com os atributos do próprio príncipe do mal -- arbitrário, severo, inexorável -- para que fosse temido, evitado, e mesmo odiado pelos homens. Satanás esperava confundir por tal forma a mente daqueles a quem havia enganado, que excluíssem a Deus de suas cogitações. Então apagaria a imagem divina no homem e imprimiria sua própria semelhança na alma; faria com que os homens se possuíssem de seu próprio espírito, escravizando-os a sua vontade. TS2 335 1 Foi mediante a falsificação do caráter de Deus e o excitar desconfiança contra Ele, que Satanás tentou Eva a transgredir. Devido ao pecado foi a mente de nossos primeiros pais obscurecida, degradada sua natureza, e suas concepções acerca de Deus foram moldadas por sua própria estreiteza e egoísmo. E à medida que os homens se tornaram mais ousados no pecado, o conhecimento e o amor de Deus se desvaneceram da mente e do coração deles. "Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus", "em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu." Romanos 1:21. TS2 335 2 Por vezes a contenda de Satanás em busca do controle da família humana parecia coroada de êxito. Durante os séculos que precederam o primeiro advento de Cristo, o mundo parecia quase inteiramente sob o domínio do príncipe das trevas, e ele governava com poder terrível, como se por meio do pecado de nossos primeiros pais os reinos do mundo se houvessem tornado de direito propriedade sua. O próprio povo do concerto, a quem Deus escolhera para preservar no mundo o Seu conhecimento, tanto se apartara dEle, que perdera toda verdadeira concepção de Seu caráter. TS2 335 3 Cristo veio a fim de revelar Deus ao mundo como um Deus de amor, pleno de misericórdia, ternura e compaixão. A espessa escuridão com que Satanás se esforçara por circundar o trono da Divindade, foi dissipada pelo Redentor do mundo, e o Pai mais uma vez Se manifestou aos homens como a luz da vida. TS2 335 4 Quando Filipe foi ter com Jesus, pedindo: "Mostra-nos o Pai, o que nos basta", o Salvador respondeu-lhe: "Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe? quem Me vê a Mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" João 14:8, 9. Cristo declara-Se enviado ao mundo como representante do Pai. Em Sua nobreza de caráter, em Sua misericórdia e terna piedade, em Seu amor e bondade, Ele Se acha perante nós como a encarnação da perfeição divina, a imagem do Deus invisível. Visto no plano da redenção TS2 336 1 Diz o apóstolo: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo." 2 Coríntios 5:19. Unicamente ao contemplarmos o grande plano da redenção podemos apreciar devidamente o caráter de Deus. A obra da criação foi uma manifestação de Seu amor; mas o dom de Deus para salvar a culpada e perdida raça, unicamente, revela as infinitas profundezas da ternura e compaixão divinas. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. Ao passo que a lei de Deus é mantida, e sua justiça reivindicada, pode o pecador ser perdoado. O mais precioso dom que o Céu possuía para conceder, foi outorgado para que Deus "seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus". Romanos 3:26. Por esse dom são os homens erguidos da ruína e degradação do pecado para se tornarem filhos de Deus. Diz Paulo: "Recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Abba, Pai." Romanos 8:15. TS2 336 2 Irmãos, com o amado João, rogo-vos: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. Que amor, que incomparável amor, que, pecadores e estranhos como somos, possamos ser levados novamente a Deus e adotados em Sua família! A Ele nos podemos dirigir chamando-O pelo terno nome de "Pai nosso", o que é um sinal de nossa afeição por Ele, e um penhor de Sua terna consideração e parentesco para conosco. E o Filho de Deus, olhando aos herdeiros da graça, "não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Têm para com Deus uma relação ainda mais sagrada do que os anjos que não caíram nunca. TS2 337 1 Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano, toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem, não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito, inexaurível amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem a pena é capaz de o descrever. Podeis meditar nele todos os dias de vossa vida; podeis esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; podeis concitar toda faculdade e poder a vós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celeste; e todavia existe ainda um infinito para além. Podeis estudar por séculos esse amor; não obstante jamais podereis compreender plenamente a extensão e a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar. No entanto, ao estudarmos a Bíblia e meditarmos sobre a vida de Cristo e o plano da redenção, esses grandes temas se desdobrarão mais e mais ao nosso entendimento. E pertencer-nos-á a bênção que Paulo desejava à igreja de Éfeso ao orar "que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da Sua vocação, e quais as riquezas da glória da Sua herança nos santos; e qual a sobre-excelente grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos". Efésios 1:17-19. TS2 337 2 É o constante cuidado de Satanás manter a mente dos homens ocupada com aquilo que os impede de obter o conhecimento de Deus. Busca mantê-los pensando nas coisas que obscurecerão o entendimento e desanimarão a alma. Achamo-nos em um mundo de pecado e corrupção, rodeados de influências que tendem a seduzir ou desanimar os seguidores de Cristo. Disse o Salvador: "Por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará." Mateus 24:12. Pensai no amor e poder de Deus TS2 338 1 Muitos fixam os olhos na terrível impiedade que em torno deles existe, a apostasia e fraqueza de todos os lados, e falam sobre essas coisas até que o coração se lhes enche de tristeza e dúvida. Conservam especialmente na imaginação a magistral operação do arquienganador, e pensam nos aspectos desanimadores de sua vida, ao passo que parecem perder de vista o poder do Pai celeste e Seu incomparável amor. Tudo isto é justamente o que Satanás quer. É um erro pensar no inimigo da justiça como revestido de tão grande poder, quando tão pouco demoramos no amor de Deus e em Sua força. Precisamos falar no poder de Cristo. Somos indizivelmente impotentes para nos salvar das garras de Satanás; Deus, porém, indicou um meio de escape. O Filho do Altíssimo tem poder para combater o combate por nós, e "por Aquele que nos amou", podemos sair "mais que vencedores". TS2 338 2 Não há nenhuma força espiritual para nós em continuamente pensar em nossa fraqueza e nossos desvios, e lamentar a força de Satanás. Esta grande verdade deve ser estabelecida como princípio vivo em nosso espírito e coração -- a eficácia da oferta feita por nós; que Deus pode salvar perfeitamente, e salva todos quantos a Ele se achegam cumprindo as condições especificadas em Sua Palavra. Nossa obra, é colocar a própria vontade ao lado da Sua. Então, mediante o sangue da expiação, tornamo-nos participantes da natureza divina; por intermédio de Cristo, somos filhos de Deus, e temos a certeza de que Deus nos ama, mesmo como amou a Seu Filho. Somos um com Jesus. Andamos seguindo a direção de Cristo; Ele tem poder para dissipar as negras sombras lançadas por Satanás em nosso caminho; e, em vez de trevas e desânimo, brilha em nosso coração o sol de Sua glória. TS2 339 1 Nossa esperança deve ser constantemente fortalecida pelo conhecimento de que Cristo é nossa justiça. Repouse nossa fé sobre esse fundamento, pois ele subsiste para sempre. Em vez de deter-nos nas trevas do inimigo, e temer-lhe o poder, devemos abrir o coração para a luz vinda de Cristo e deixar que ela irradie sobre o mundo, declarando que Ele está acima de todo o poder satânico, que Seu braço mantenedor sustentará todos quantos nEle confiam. TS2 339 2 Disse Jesus: "O mesmo Pai vos ama." Se nossa fé se fixa em Deus, por meio de Cristo, ela se demonstrará "como âncora da alma segura e firme, e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso Precursor, entrou por nós". É verdade que sobrevirão decepções; temos de esperar tribulações; mas cumpre-nos entregar tudo, pequeno ou grande que seja, a Deus. Ele não fica perplexo com a multidão de nossos pesares, nem sobrecarregado pelo peso de nossas preocupações. Seu vigilante cuidado estende-se a cada família, circunda cada pessoa; Ele Se interessa em todos os nossos negócios e dores. Observa cada lágrima; é tocado pelo sentimento de nossas enfermidades. Todas as aflições e provas que nos sobrevêm aqui, são permitidas a fim de operarem Seus desígnios de amor a nosso respeito, "para sermos participantes da Sua santidade" e assim nos tornarmos participantes daquela plenitude de alegria que se encontra em Sua presença. Contemplai, e sede transformados TS2 339 3 "O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus." 2 Coríntios 4:4. Mas a Bíblia apresenta-nos, nos termos mais vigorosos, a importância de obter o conhecimento de Deus. Diz Pedro: "Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor." "Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento dAquele que nos chamou por Sua glória e virtude." 2 Pedro 1:2, 3. E a Escritura nos manda: "Une-te pois a Ele, e tem paz." Jó 22:21. TS2 340 1 Deus nos ordenou: "Sede santos, porque Eu sou santo." 1 Pedro 1:16. E um inspirado apóstolo declara que, sem santidade, "ninguém verá o Senhor". Hebreus 12:14. Santidade é harmonia com Deus. Pelo pecado, a imagem divina foi desfigurada no homem, e quase obliterada; é a obra do evangelho restaurar o que se havia perdido; e cumpre-nos cooperar com a instrumentalidade divina nessa obra. E como podemos chegar à harmonia com Deus, como nos é possível receber-Lhe a imagem, a menos que obtenhamos conhecimento a Seu respeito? Foi esse conhecimento que Cristo veio ao mundo para nos revelar. TS2 340 2 A deficiente visão que muitos têm tido do ofício e caráter de Cristo, tem-lhes estreitado a experiência religiosa, prejudicando grandemente o progresso na vida divina. A religião pessoal entre nós como um povo, acha-se em baixo nível. Há muita fama, muito maquinário, muita religião de boca; mas algo mais profundo e mais sólido precisa ser introduzido em nossa vida religiosa. Com todos os nossos recursos, nossas casas publicadoras, escolas, sanatórios e muitas, muitas outras vantagens, era para estarmos incomparavelmente mais adiantados do que nos encontramos. TS2 340 3 A obra do cristão nesta vida é representar Cristo perante o mundo, revelando, na vida e no caráter, o bendito Jesus. Se Deus nos tem dado luz, é para que a revelemos aos outros. Mas, em comparação com a luz que temos recebido, e as oportunidades e privilégios a nós concedidos para alcançar o coração do povo, os resultados de nossa obra até aqui têm sido demasiado pequenos. É desígnio de Deus que a verdade que nos apresentou ao entendimento, produza mais frutos do que tem apresentado até agora. Mas, quando nosso espírito se acha cheio de sombras e tristezas, fixando-se nas trevas e no mal que nos rodeiam, como podemos representar a Cristo perante o mundo? Como pode nosso testemunho possuir força para ganhar almas? O que precisamos é conhecer a Deus e o poder de Seu amor, tal como se acham revelados em Cristo, mediante conhecimento experimental. Precisamos examinar diligentemente as Escrituras, com oração; nosso entendimento deve ser avivado pelo Espírito Santo, e o coração erguido a Deus com fé, esperança e contínuo louvor. TS2 341 1 Por meio dos méritos de Cristo, de Sua justiça, que pela fé nos são imputados, cumpre-nos atingir a perfeição do caráter cristão. Nossa obra diária e de cada momento, é salientada nas palavras do apóstolo: "Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé." Hebreus 12:2. Enquanto assim fazemos, nossa mente se torna mais clara e nossa fé mais robusta, e nossa esperança é confirmada; ficamos tão absorvidos com a visão de Sua pureza e amabilidade e pelo sacrifício que Ele fez para nos pôr em harmonia com Deus, que não temos disposição para falar de dúvidas e desânimos. TS2 341 2 A manifestação do amor de Deus, Sua misericórdia e bondade, e a obra do Espírito Santo sobre o coração a fim de iluminá-lo e renová-lo, colocam-nos, mediante a fé, em tão íntima ligação com Cristo que, tendo uma clara concepção de Seu caráter, somos habilitados a discernir os magistrais enganos de Satanás. Olhando para Jesus e confiando em Seus méritos, apoderamo-nos das bênçãos da luz, da paz, da alegria no Espírito Santo. E em vista das grandes coisas que Cristo tem feito por nós, somos habilitados a exclamar: "Vede quão grande caridade nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus." 1 João 3:1. TS2 341 3 Irmãos e irmãs, é pela contemplação que somos transformados. Fixando-nos no amor de Deus e nosso Salvador, mediante a contemplação da perfeição do caráter divino e reclamando a justiça de Cristo como sendo nossa pela fé, havemos de ser transformados à mesma imagem. Não reunamos pois todos os quadros desagradáveis -- iniqüidades e corrupções e decepções -- provas do poder de Satanás -- a fim de os suspender nas paredes da memória, para falar e lamentar sobre essas coisas até que as almas fiquem cheias de desânimo. Uma alma desanimada é um corpo entenebrecido, não deixando de receber, ele somente, a luz de Deus, mas impedindo-a de atingir aos outros. Satanás gosta de ver o efeito dos quadros de seus triunfos, tornando as criaturas humanas destituídas de fé e desalentadas. Quadros que alegram a alma TS2 342 1 Graças a Deus, quadros mais luminosos e animadores, são-nos apresentados pelo Senhor. Agrupemos as benditas afirmações de Seu amor como preciosos tesouros, a fim de que as possamos continuamente contemplar. O Filho de Deus deixando o trono de Seu Pai, revestindo de humanidade Sua divindade, de maneira a poder resgatar o homem do poder de Satanás; Seu triunfo em nosso favor, abrindo o Céu ao homem, revelando aos olhos humanos a câmara em que a Divindade manifesta Sua glória; a raça caída, elevada do abismo em que o pecado a imergira e novamente posta em ligação com o infinito Deus, e, havendo suportado a prova divina mediante a fé em nosso Redentor, revestida da justiça de Cristo e exaltada a Seu trono -- eis os quadros com que Deus nos manda alegrar as câmaras da alma. E, "não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem", verificaremos que "nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente". 2 Coríntios 4:18, 17. TS2 342 2 No Céu, Deus é tudo em todos. Ali reina suprema a santidade; não há nada para manchar a perfeita harmonia com Deus. Caso estejamos realmente jornadeando para lá, o espírito do Céu nos habitará no coração aqui. Mas, se não encontramos prazer agora na contemplação das coisas celestes; se não temos nenhum interesse em buscar o conhecimento de Deus, deleite algum em deter os olhos no caráter de Cristo; se a santidade não tem nenhuma atração para nós -- podemos então estar certos de que é vã nossa esperança do Céu. A perfeita conformidade com a vontade de Deus, é o elevado objetivo a estar sempre diante do cristão. Terá prazer de falar acerca de Deus, de Jesus, do lar puro e bem-aventurado que Cristo preparou para os que O amam. O meditar nesses temas, quando a alma se apascenta das benditas promessas de Deus, é representado pelo apóstolo como provar "as virtudes do século futuro". TS2 343 1 Acham-se mesmo adiante de nós as lutas finais do grande conflito em que, com "todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça" Satanás trabalhará para apresentar falsamente o caráter de Deus, a fim de poder, "se possível fora", enganar "até os escolhidos". Se já houve um povo necessitado de luz sempre crescente do Céu, é o povo que, nesse tempo de perigo, Deus chamou para serem depositários de Sua lei, e reivindicar Seu caráter perante o mundo. Aqueles a quem foi confiado tão sagrado legado, devem ser espiritualizados, elevados, possuídos de vitalidade mediante as virtudes que professam crer. TS2 343 2 Jamais a igreja necessitou tanto, e nunca foi Deus tão solícito para que ela a fruísse -- a experiência descrita na carta de Paulo aos Colossenses, quando escreveu: Nós "não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da Sua vontade em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-Lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus". ------------------------Capítulo 46 -- O verbo se fez carne TS2 344 1 A união do divino com a natureza humana é uma das mais preciosas e misteriosas verdades do plano da redenção. É dela que fala o apóstolo Paulo nestas palavras: "Sem dúvida nenhuma, grande é o mistério da piedade: Deus Se manifestou em carne." TS2 344 2 Essa verdade tem sido para muitos causa de dúvida e incredulidade. Quando Cristo veio ao mundo -- como Filho de Deus e do homem -- não foi compreendido pelo povo de Seu tempo. Humilhou-Se, tomando a natureza humana para poder atingir a raça decaída e reabilitá-la. Em virtude do pecado, porém, os homens tinham o espírito obscurecido, as faculdades entorpecidas e a percepção embotada a ponto de não Lhe discernirem o caráter divino sob as vestes da humanidade. Esta falta de compreensão de sua parte foi um obstáculo à obra que Cristo Se propunha realizar em seu favor; de sorte que, para imprimir força aos Seus ensinos, precisou muitas vezes definir e defender Sua posição. Pela referência ao Seu caráter misterioso e divino, tentou dar às Suas idéias uma orientação que favorecesse a virtude reformadora da verdade. TS2 344 3 De outras vezes, servia-Se dos objetos da Natureza, que lhes eram familiares, a fim de ilustrar as verdades divinas. O terreno do coração era deste modo preparado para receber a boa semente. Fazia sentir aos ouvintes que Seus interesses estavam identificados com os deles e que Seu coração pulsava em simpatia por eles, nas suas alegrias e tristezas. Ao mesmo tempo, podiam observar nEle a revelação de um poder e excelência que muito excediam os que possuíam seus mais respeitáveis rabinos. Os ensinos de Cristo se assinalavam por uma simplicidade, dignidade e virtude até então deles desconhecidas, e sua involuntária exclamação eram estas palavras: "Nunca homem algum falou assim como este Homem." O povo escutava-O com prazer; mas os sacerdotes e príncipes -- que faltavam eles próprios à sua dignidade de guardiões da verdade -- aborreciam a Cristo pela graça nEle revelada, que afastava deles as multidões, para seguirem a Luz da vida. Por sua influência, a nação judaica, deixando de discernir o caráter divino de Cristo, rejeitou o Salvador. União do divino com o humano TS2 345 1 A união do divino com o humano, manifestada em Cristo, se nos depara também na Bíblia. As verdades nela reveladas são inspiradas por Deus, contudo são expressas por palavras de homens e adaptadas às necessidades humanas. Assim se poderia afirmar acerca do Livro de Deus o que se disse de Cristo, que "o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós". João 1:14. E esse fato, longe de constituir um argumento contra a Bíblia, deve fortalecer a nossa fé nela como a Palavra de Deus. Os que se pronunciam sobre a inspiração das Escrituras Sagradas, aceitando algumas partes como divinas, enquanto rejeitam outras como de origem humana, perdem de vista o fato de que Cristo, o divino, participou da natureza humana a fim de poder atingir a humanidade. Na obra de Deus para a redenção do homem, a divindade e a humanidade se identificaram. TS2 345 2 Há muitas passagens nas Escrituras que os críticos cépticos declaram não serem inspiradas, mas que, na sua excelente adaptação às necessidades dos homens, constituem as mensagens do próprio Deus para conforto de Seus filhos que nEle confiam. Uma bela ilustração deste fato ocorre na história do apóstolo Pedro. Estava preso, esperando ser executado no dia seguinte. Aquela noite dormia "entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias." Atos dos Apóstolos 12:6, 7. Pedro, subitamente despertado, extasiou-se com a claridade que inundava o cárcere, e a beleza celestial do mensageiro divino. Não compreendeu a cena, mas sabia que estava livre, e em sua estupefação e júbilo se teria retirado da prisão sem ter o cuidado de agasalhar-se do frio ar da noite. O anjo de Deus, notando todas as circunstâncias, disse-lhe com terna solicitude pelas necessidades do apóstolo: "Cinge-te, e ata as tuas alparcas." V. 8. Pedro obedeceu mecanicamente; mas, tão embevecido estava diante da revelação daquela glória celestial, que não pensou em tomar a capa. Ordenou-lhe então o anjo: "Lança às costas a tua capa, e segue-me." "E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão. E, quando passaram a primeira e segunda guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele." Vs. 8-10. Achou-se, pois, o apóstolo só nas ruas de Jerusalém. "E Pedro, tornando a si, disse: Agora sei verdadeiramente -- não eram pois um sonho ou uma visão, e sim um acontecimento real -- que o Senhor enviou o Seu anjo, e me livrou da mão de Herodes, e de tudo que o povo dos judeus esperava." V. 11. TS2 346 1 Os cépticos podem sorrir à idéia de que um anjo glorioso do Céu houvesse de dar atenção a uma coisa tão trivial como a de cuidar destas simples necessidades humanas, pondo talvez em dúvida a inspiração dessa narrativa. Mas na sabedoria divina estas coisas foram relatadas na história sagrada, não para benefício dos anjos, mas em atenção aos homens, para que, quando postos em situações probantes, encontrassem conforto na idéia de que o Céu a todos conhece. TS2 346 2 Jesus declarou que nem mesmo um passarinho cai ao solo sem ser notado pelo Pai celestial, e que se Deus tem presentes as necessidades de todos esses pequenos seres alados, muito mais cuidará dos que se fizerem súditos de Seu reino, e que, pela fé nEle, se constituírem herdeiros da vida eterna. Oh! se o espírito humano pudesse ao menos compreender -- na medida em que o plano da redenção pode ser apreendido por mentes finitas -- a obra de Jesus em tomar a natureza humana e o que Se propõe realizar por nós com esta Sua maravilhosa condescendência, o coração dos homens se comoveria de gratidão pelo grande amor de Deus, e humildemente adorariam a divina sabedoria que delineou o mistério da graça! ------------------------Capítulo 47 -- Solicitude de Deus por sua obra TS2 348 1 Foi sob circunstâncias difíceis e desalentadoras que Isaías, sendo ainda moço, foi chamado para exercer o ministério da profecia. Seu país estava nesse tempo ameaçado de destruição. Por sua transgressão da lei de Deus, o povo judeu se privara da proteção divina, e os exércitos dos assírios estavam a ponto de invadir o reino de Judá. Entretanto, o perigo que ameaçava a este da parte dos inimigos, não era o que mais o afligia. Era a perversidade de seu povo que mais profundamente deprimia o espírito do servo de Deus. Por sua apostasia e rebelião, esse povo desafiava os juízos divinos. Chamado a transmitir-lhe uma mensagem de advertência, o jovem profeta sabia que teria de defrontar a mais obstinada resistência. Tremeu por isso, quando pôs os olhos em si mesmo e pensou na pertinácia e incredulidade do povo a favor do qual lhe cumpria trabalhar. Sua tarefa pareceu-lhe não oferecer nenhuma probabilidade de êxito. Devia, em seu desespero, subtrair-se à sua missão e abandonar Israel à idolatria? Deviam os deuses de Nínive dominar a Terra em desafio ao Deus do Céu? TS2 348 2 Esses pensamentos lhe acudiam em tropel ao espírito, quando Isaías se achava no pórtico do templo santo. De repente, pareceu-lhe que a porta e o véu do interior do templo se abriram ou foram corridos, sendo-lhe permitido relancear a vista para dentro do santo dos santos, onde nem mesmo os pés de um profeta poderiam pisar. Perpassou-lhe então diante dos olhos uma visão em que Jeová apareceu sentado num alto e sublime trono, enchendo o Seu séquito o recinto do templo. De cada lado do trono pairavam os serafins, que com duas asas voavam, com outras duas cobriam o rosto em adoração e com duas os pés. Em adoração solene exclamavam esses anjos: "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos: Toda a Terra está cheia de Sua glória!" até que os umbrais, as colunas e o portal de cedro pareciam tremer ao som e toda a casa se encheu de Seu louvor. TS2 349 1 Nunca dantes compreendera Isaías tão plenamente a grandeza de Jeová ou Sua perfeita santidade; e, em sua fragilidade e imperfeição, pareceu-lhe que teria de perecer ante a divina presença. "Ai de mim", exclamou, "que vou perecendo! porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!" Isaías 6:3, 5. Desceu então a ele um dos serafins, a fim de prepará-lo para sua grande missão. Com uma brasa viva tirada do altar, tocou-lhe nos lábios e disse: "Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado." Quando, pois, se fez ouvir a voz de Deus perguntando: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" Isaías respondeu em tom repassado de santa confiança: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Vs. 7 e 8. TS2 349 2 Que aconteceria se os poderes terrestres se arregimentassem contra Judá? Que sucederia se Isaías enfrentasse oposição e resistência em sua missão? Contemplara o Rei, o Senhor dos Exércitos; ouvira o canto dos serafins: "toda a Terra está cheia da Sua glória"; e o profeta foi confortado para a obra que tinha à frente. A lembrança desta sua visão o acompanhou através de toda a sua longa e árdua missão. A visão de Ezequiel TS2 349 3 Ezequiel, o melancólico profeta do exílio na terra dos caldeus, foi agraciado com uma visão que lhe ensinou a mesma lição de fé no Deus todo-poderoso de Israel. Estando à margem do rio Quebar, eis que um vento tempestuoso vinha do norte, "uma grande nuvem, com um fogo a revolver-se; e um resplendor ao redor dela, e no meio uma coisa como da cor de âmbar". Várias rodas de estranha aparência, girando umas dentro das outras, pareciam movidas por criaturas viventes. E acima de tudo isto "havia uma semelhança de trono, como duma safira; e sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança dum homem, no alto sobre ele". "E, quanto à semelhança dos animais, o seu parecer era como brasas de fogo ardentes, como uma aparência de tochas; o fogo corria por entre os animais, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos." "E tinham mãos de homem debaixo das suas asas." TS2 350 1 O complexo de rodas, visto por Ezequiel, era uma combinação tão complicada que à primeira vista lhe pareceu aquilo uma verdadeira confusão. Mas quando se moviam, havia nelas a mais admirável ordem e perfeita harmonia. Essas rodas eram impelidas por criaturas celestiais, e acima de todo aquele conjunto estava assentado sobre um trono de safira o Deus eterno, cujo trono era circundado por um arco-íris, o símbolo da graça e do amor. Dominado pela glória terrível dessa cena, Ezequiel caiu sobre o rosto quando uma voz lhe ordenou que se erguesse e ouvisse a Palavra do Senhor. Foi-lhe dada então uma mensagem de advertência ao povo de Israel. TS2 350 2 Esta visão foi dada a Ezequiel num tempo em que seu espírito se achava abatido por tristes pressentimentos. Via desolada a terra de seus pais. A cidade outrora tão populosa estava despovoada. A voz de alegria e o cântico de louvor ali não eram mais ouvidos. O profeta mesmo era peregrino em terra estranha, onde imperavam, supremas, a desmedida ambição e a selvagem crueldade. As injustiças e tiranias que era obrigado a presenciar, contristavam-lhe a alma e de dia e de noite se queixava amargamente. Mas os símbolos gloriosos, que lhe foram apresentados junto ao rio Quebar, revelaram-lhe um poder muito superior ao dos dominadores terrestres. Acima do orgulho e crueldade dos reis da Assíria e Babilônia, estava entronizado um Deus de misericórdia e verdade. TS2 350 3 Aquele complexo de rodas que ao profeta parecera tão confuso, era governado por mão onipotente. O Espírito de Deus, que lhe fora mostrado movendo e dirigindo aquelas rodas, convertia aquela confusão em harmonia; do mesmo modo, o mundo inteiro se acha sob o Seu domínio. Miríades de entes celestiais estão prontos para sobre a Sua Palavra dominar o poder e os planos dos homens maus, e fazer tudo redundar em benefício dos fiéis servos de Deus. A mesma certeza para a igreja remanescente TS2 351 1 Da mesma maneira, quando Deus estava a ponto de revelar a João, o discípulo amado, a história futura de Sua igreja, deu-lhe uma segurança do interesse e cuidado do Salvador pelo Seu povo, fazendo-lhe observar em visão "um semelhante ao Filho do homem", andando por entre os castiçais que simbolizam as sete igrejas. Ao passo que João recebia a revelação das últimas grandes lutas da igreja com as potências do mundo, foi-lhe dado também contemplar a vitória final e o libertamento dos fiéis. Viu a igreja empenhada num conflito moral com a besta e sua imagem, e a adoração dessa besta imposta sob pena de morte. Mas, olhando através do fumo e ruído da batalha, notou sobre o monte Sião, unido ao Cordeiro, um grupo que, em vez do sinal da besta, "em suas testas tinham escrito o nome ... de Seu Pai". Apocalipse 14:1. Depois viu o número dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". TS2 351 2 Essas lições são para benefício nosso. Necessitamos exercer fé em Deus, porque estamos justamente enfrentando um tempo de grandes provações. Cristo, no Monte das Oliveiras, enumerou os juízos terríveis que deviam preceder Sua volta: "E ouvireis de guerras e de rumores de guerras." "Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores." Mateus 24:6, 7. Se bem que essas profecias tivessem tido cumprimento parcial na destruição de Jerusalém, aplicam-se mais diretamente aos últimos dias. No limiar de solenes eventos TS2 352 1 Estamos em vésperas de grandes e importantes acontecimentos. As profecias rapidamente se estão cumprindo. O Senhor está às portas. Está prestes a inaugurar-se um período da mais alta importância para todos os viventes. As controvérsias do passado serão reavivadas, e outras novas suscitadas. As cenas que deverão desenrolar-se neste mundo não são nem sequer sonhadas. Satanás está operando por meio de instrumentos humanos. Os que se empenham em conseguir uma emenda à Constituição1, para obter uma lei que imponha a observância do domingo, mal compreendem qual vai ser o resultado. Uma crise está iminente. TS2 352 2 Entretanto, os servos de Deus não devem confiar em si mesmos nesta hora calamitosa. Nas visões dadas a Isaías, Ezequiel e João, vemos o interesse que o Céu toma nos acontecimentos da Terra e quão grande é a solicitude de Deus pelos que Lhe são fiéis. O mundo não está sem um dominador. O programa dos sucessos futuros está nas mãos do Senhor. A Majestade do Céu tem sob Sua direção o destino das nações e os negócios de Sua igreja. TS2 352 3 Na obra de Deus, demasiadas vezes nos deixamos influenciar pelos cuidados e dificuldades ambientes. O peso da responsabilidade não impende sobre mortais. Precisamos confiar em Deus, crer nEle e avançar. A incansável vigilância dos mensageiros celestiais, e seu incessante empenho em prol dos que vivem na Terra, nos revelam como a mão de Deus está guiando uma roda dentro de outra. O Instrutor divino diz a cada qual que desempenha uma parte em Sua obra o que outrora disse a respeito de Ciro: "Eu te cingirei, ainda que tu Me não conheças." Isaías 45:5. TS2 352 4 Na visão de Ezequiel, a mão divina aparece debaixo das asas dos querubins. Isto tem por fim ensinar aos servos de Deus que é Seu poder que lhes há de garantir o êxito. Operará por meio deles, se renunciarem à iniqüidade, purificando o coração e a vida. TS2 353 1 A brilhante luz, que resplandece por entre as criaturas viventes, com a velocidade do relâmpago, representa a rapidez com que a obra de Deus há de por fim ser consumada. Aquele que não tosqueneja e está operando continuamente a fim de realizar Seus desígnios, há de levar avante a Sua grande obra de modo harmonioso. Aquilo que a homens finitos parece confuso e complicado, a mão do Senhor pode manter em perfeita ordem. Tem meios e modos de frustrar as intenções de homens ímpios, e pode destruir o conselho dos que maquinam o mal contra Seu povo. TS2 353 2 Irmãos, não é tempo de nos lamentarmos e entregarmos ao desespero, nem de ceder à dúvida e incredulidade. Cristo não é para nós um Salvador que jaz no sepulcro de José, vedado por uma grande pedra selada com o selo romano; temos um Salvador ressuscitado. É o Rei, o Senhor dos exércitos, que está assentado entre querubins, e que no meio da peleja e do tumulto das nações continua a guardar Seu povo. Aquele que domina nos Céus é nosso Salvador. Avalia cada provação; vigia a fornalha ardente destinada a provar cada alma. Quando as fortalezas dos reis ruírem e as flechas da ira de Deus atravessarem o coração de Seus inimigos, Seu povo estará seguro em Suas mãos. TS2 353 3 Sob a Supervisão de Deus. Por causa de obreiros não consagrados, as coisas por vezes irão mal. Podereis chorar os resultados do mau procedimento de outros, mas não vos acabrunheis. A obra está sob a supervisão do bendito Mestre. Tudo que Ele pede é que os obreiros vão ter com Ele para receberem Suas ordens, e que obedeçam a Suas direções. Todas as partes da obra -- nossas igrejas, missões, Escolas Sabatinas, instituições -- tudo Ele tem no coração. Por que preocupar-se? O intenso anelo de ver a igreja impregnada de vida, tem de ser temperado com a inteira confiança em Deus; pois "sem Mim", disse o grande Portador de Encargos, "nada podeis fazer". João 15:5. "Segue-Me." Ele toma a dianteira; nós devemos seguir. TS2 354 1 Não sobrecarregue ninguém as faculdades que Deus lhe deu, num esforço por promover mais rapidamente a causa do Senhor. Não pode o poder do homem apressar a obra; a ele tem de unir-se o poder dos seres celestiais. Unicamente assim pode a obra de Deus ser levada à perfeição. Não pode o homem fazer a parte do trabalho que compete a Deus. Pode um Paulo plantar, e um Apolo regar, mas Deus dá o crescimento. Em simplicidade e humildade deve o homem cooperar com os agentes divinos, sempre fazendo o melhor que pode, todavia sempre reconhecendo que é Deus o grande Obreiro Mestre. Não deve ele sentir-se confiante em si mesmo, pois assim exaurirá sua força de reserva e destruirá suas faculdades mentais e físicas. Mesmo que todos os obreiros que agora suportam os mais pesados encargos fossem postos de lado, a obra de Deus seria levada avante. Temperemos, pois, com a razão o nosso zelo no trabalho; cessemos os esforços por fazer aquilo que só o Senhor pode efetuar. -- Testimonies for the Church 7:298 (1902). ------------------------Capítulo 48 -- A igreja remanescente não é Babilônia TS2 355 1 Desde anos tenho apresentado meu testemunho dizendo que, em surgindo quaisquer pessoas pretendendo possuir grande luz, e não obstante advogando a demolição daquilo que o Senhor por Seus agentes humanos tem estado a edificar, acham-se eles muito enganados, e não trabalham em cooperação com Cristo. Aqueles que afirmam que as igrejas adventistas do sétimo dia constituem Babilônia, ou qualquer parte de Babilônia, deveriam antes ficar em casa. Que eles se detenham e considerem qual é a mensagem que deve ser pregada presentemente. Em vez de trabalhar com meios divinos para preparar um povo que subsista no dia do Senhor, eles se puseram ao lado daquele que é um acusador dos irmãos, que os acusa dia e noite perante Deus. ... TS2 355 2 Embora existam males na igreja, e tenham de existir até ao fim do mundo, a igreja destes últimos dias há de ser a luz do mundo poluído e desmoralizado pelo pecado. A igreja, débil e defeituosa, precisando ser repreendida, advertida e aconselhada, é o único objeto na Terra ao qual Cristo confere Sua suprema consideração. O mundo é uma oficina em que, pela cooperação de agentes humanos e divinos, Jesus está, por Sua graça e divina misericórdia, fazendo experiências em corações humanos. TS2 355 3 Os anjos ficam admirados ao ver a transformação de caráter efetuada nos que se entregam a Deus, e exprimem sua alegria em cânticos de arrebatador louvor a Deus e ao Cordeiro. Eles vêem os que por natureza são filhos da ira, convertidos, e tornando-se cooperadores de Cristo na obra de atrair almas para Deus. Vêem os que estavam em trevas tornando-se luzes a brilhar em meio da noite moral desta geração ímpia e perversa. Vêem-nos preparar-se por uma experiência semelhante à de Cristo, a fim de sofrer com seu Senhor, e ser depois participantes com Ele das glórias do Céu. TS2 356 1 Deus tem na Terra uma igreja que está erguendo a lei pisada a pés, e apresentando aos homens o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A igreja é depositária das abundantes riquezas da graça de Cristo, e pela igreja será finalmente exibida a última e plena manifestação do amor de Deus ao mundo, que deve ser iluminado com Sua glória. A oração de Cristo, de que Sua igreja fosse uma, como Ele e o Pai eram um, será afinal atendida. Será conferido o rico dom do Espírito Santo, e por seu constante suprimento aos filhos de Deus, tornar-se-ão eles testemunhas no mundo, do poder de Deus para salvação. TS2 356 2 No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados; e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos. Será possível que dentre nós se levantem homens que falem coisas perversas, propagando os mesmos sentimentos que Satanás deseja ver disseminados no mundo, com referência aos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus? Porventura não há trabalho bastante para satisfazer vosso zelo na apresentação da verdade aos que se acham nas trevas do erro? TS2 356 3 Como os que foram constituídos mordomos de haveres e habilidades, tendes empregado mal os bens de vosso Senhor, disseminando o erro. Todo o mundo está cheio de ódio contra os que proclamam a obrigatoriedade da Lei de Deus, e a igreja que for leal a Jeová terá de empenhar-se num conflito mais que ordinário. "Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Efésios 6:12. Os que tiverem alguma compreensão do que significa esse conflito, não voltarão suas armas contra a igreja militante, mas com todas as suas forças hão de lutar pelo povo de Deus, contra a confederação do mal. TS2 357 1 Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derribar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. Estão-se aliando com os inimigos de Deus e da verdade. Porão a ridículo a ordem estabelecida no ministério, considerando-a um sistema eclesiástico imperialista. Afastai-vos desses; não tenhais comunhão com sua mensagem, por muito que eles citem os Testemunhos e atrás deles busquem entrincheirar-se. Não os recebais; pois Deus não os incumbiu dessa obra. O resultado de semelhante obra será incredulidade nos Testemunhos, e nos limites do possível, tornarão sem efeito a obra que por anos tenho estado a fazer. TS2 357 2 Quase toda minha vida tem sido dedicada a esta obra, mas meu encargo muitas vezes se tem tornado mais pesado pelo surgimento de homens que saíram a proclamar uma mensagem que Deus não lhes dera. Esta classe de obreiros maus tem escolhido porções dos Testemunhos, e tem-nas colocado numa moldura de erro, a fim de por esse meio dar influência a seus testemunhos falsos. Quando se torna manifesto que sua mensagem é um erro, então os Testemunhos postos na companhia do erro, participam da mesma condenação; e o povo do mundo, que não sabe que os Testemunhos citados são extratos de cartas particulares usadas sem meu consentimento, apresenta essa matéria como evidência de que minha obra não é de Deus, nem é verdadeira, mas falsa. Os que assim trazem má fama sobre a obra de Deus terão de responder perante Ele pela obra que estão fazendo. TS2 357 3 Deus tem uma igreja, e ela tem um ministério designado por Ele. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo." Efésios 4:11-15. TS2 358 1 O Senhor tem Seus agentes designados, e uma igreja que tem sobrevivido a perseguições, conflitos e trevas. Jesus amou a igreja, e por ela Se deu a Si mesmo, e Ele a há de aperfeiçoar, refinar, enobrecer e elevar, de maneira que ela fique firme em meio das corruptoras influências deste mundo. Homens designados por Deus foram escolhidos para vigiar com zeloso cuidado, com vigilante perseverança a fim de que a igreja não seja subvertida pelos malignos ardis de Satanás, mas que ela esteja no mundo para promover a glória de Deus entre os homens. Sempre haverá conflitos ferozes entre a igreja e o mundo. Mente entrará em contato com mente, princípio com princípio, a verdade com o erro; mas na crise que em breve há de culminar, e que já começou, os homens de experiência devem fazer a obra que Deus lhes designou, e velar pelas almas como os que têm de dar contas. ... TS2 358 2 Compreendam todos as palavras que agora escrevo. Os que são coobreiros de Deus, são apenas instrumentos Seus, e em si mesmos não possuem graça ou santidade essenciais. Unicamente quando estão cooperando com os seres celestiais é que têm êxito. São apenas vasos terrenos, os depositários aos quais Deus confia o tesouro de Sua verdade. Poderá Paulo plantar, Apolo regar, mas é Deus, tão-somente, que dá o crescimento. TS2 358 3 Deus fala por meio dos agentes por Ele designados, e que nenhum homem, nem grupo de homens, insultem o Espírito de Deus recusando-se a ouvir a mensagem da Palavra de Deus dos lábios de Seus mensageiros escolhidos. Recusando-se a ouvir a mensagem de Deus, fecham-se os homens num aposento de trevas. Excluem sua própria alma das grandes bênçãos e roubam a Cristo da glória que Lhe deveria ser dada, mostrando desrespeito para com os agentes que designou. TS2 359 1 Deus não é autor de confusão, mas de paz. Mas Satanás é inimigo vigilante, que não dorme, sempre a trabalhar sobre mentes humanas, procurando solo para semear seu joio. Se encontra alguém a quem possa empurrar para o seu serviço, sugere-lhe idéias e falsas teorias, tornando-o zeloso em advogar o erro. A verdade não só converte, mas também opera a purificação do que a recebe. Jesus nos advertiu contra os falsos mestres. TS2 359 2 Desde o princípio de nossa obra têm de quando em quando surgido homens a advogarem teorias novas e sensacionais. Mas se os que alegam crer na verdade se dirigissem aos que têm experiência e se aproximassem da Palavra de Deus num espírito dócil e humilde, examinando suas teorias à luz da verdade e com o auxílio dos irmãos que têm sido diligentes estudantes das Escrituras, e ao mesmo tempo suplicassem a Deus, perguntando: É este o caminho do Senhor, ou é uma vereda falsa, para a qual Satanás me quer levar? então receberiam luz e escapariam do laço do passarinheiro. TS2 359 3 Precavenham-se todos os nossos irmãos e irmãs de qualquer que marque tempo para o Senhor cumprir Sua Palavra a respeito de Sua vinda, ou acerca de qualquer outra promessa de especial importância, por Ele feita. "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder." Atos dos Apóstolos 1:7. Falsos mestres podem parecer muito zelosos da obra de Deus, e podem despender meios para apresentar ao mundo e à igreja as suas teorias; mas como misturam o erro com a verdade, sua mensagem é de engano, e levará almas para veredas falsas. Deve-se-lhes fazer oposição, não porque sejam homens maus, mas porque são mestres de falsidades e procuram colocar sobre a falsidade o sinete da verdade. TS2 360 1 Que lástima, darem-se homens a tais trabalhos para descobrir alguma teoria errônea, quando existe abundância de preciosas gemas da verdade, pelas quais o povo pode ser enriquecido da mais santa fé. Em vez de ensinar a verdade, deixam a imaginação demorar-se naquilo que é novo e estranho, e lançam-se em desarmonia com aqueles que Deus usa para levar Seu povo para a plataforma da verdade. Lançam de lado tudo que já foi dito acerca da unidade de sentimento e pensamento, e pisam sobre a oração de Cristo como se a unidade em favor da qual orou não fosse essencial, e não houvesse necessidade de serem os Seus seguidores um, como Ele é um com o Pai. Escapam pela tangente e, como Jeú, convidam seus irmãos a seguirem seu exemplo de zelo pelo Senhor. TS2 360 2 Se seu zelo os levasse a trabalhar no mesmo rumo em que trabalham seus irmãos, que têm suportado o calor e fadiga do dia, se fossem tão perseverantes como eles para vencer desânimos e obstáculos, bem poderiam então ser imitados, e Deus os aceitaria. Mas merecem ser condenados os homens que iniciam uma proclamação de possuírem maravilhosa luz, e ao mesmo tempo puxam em sentido contrário aos agentes guiados por Deus. Foi este o procedimento de Coré, Datã e Abirã, e sua conduta se acha registrada como advertência a todos os outros. Não devemos fazer o que eles fizeram -- acusar e condenar aqueles sobre os quais Deus colocou o peso da obra. TS2 360 3 Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia, têm feito uso dos Testemunhos para dar à sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram aquilo que por anos tem sido a preocupação de minha mensagem -- unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: "Uni-vos, uni-vos, uni-vos"? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que "na união há força, na divisão há fraqueza"? TS2 361 1 São mensagens como as que esses homens têm proclamado, que dividem a igreja e trazem sobre nós opróbrio perante os inimigos da verdade; e nessas mensagens se revela claramente a astuta operação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade. Esses mestres seguem as labaredas de seu próprio fogo, agem segundo seu próprio juízo independente, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Rejeitam o conselho de seus irmãos, e avançam em seu próprio caminho até se tornarem justamente o que Satanás deseja -- de espírito desequilibrado. TS2 361 2 Advirto meus irmãos a que se guardem contra a operação de Satanás em todas as formas. O grande adversário de Deus e do homem exulta hoje por ter tido êxito em iludir almas, e em desviar seus meios e habilidade para condutos danosos. Seu dinheiro poderia ter sido empregado em promover a verdade presente, mas em vez disso foi expendido em apresentar noções que não têm base na verdade. ... TS2 361 3 Insto com os que professam crer na verdade, que andem em união com os irmãos. Não procureis dar ao mundo ocasião de dizer que somos extremistas, que somos desunidos, que um ensina uma coisa e outro, outra. Evitai a dissensão. Esteja cada qual em guarda, e seja cuidadoso a fim de que seja encontrado na brecha, para restaurar a ruptura, em vez de se colocar junto do muro a procurar fazer uma brecha. Sejam todos cuidadosos para não clamarem contra o único povo que está cumprindo a descrição dada do povo remanescente, que guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus, e que exalta a norma de justiça nestes últimos dias. TS2 361 4 Deus tem um povo distinto, uma igreja na Terra, inferior a nenhuma outra, mas a todas superior em suas facilidades para ensinar a verdade, para vindicar a Lei de Deus. Tem Deus agentes divinamente designados -- homens a quem Ele está guiando, que suportam o calor e a fadiga do dia, que cooperam com os instrumentos celestiais para promoverem o reino de Cristo em nosso mundo. Unam-se todos a esses agentes escolhidos, e sejam afinal encontrados entre os que têm a paciência dos santos, que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. ... TS2 362 1 Deus tem na Terra uma igreja que é Seu povo escolhido, que guarda os Seus mandamentos. Ele está guiando, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo. A verdade é um poder santificador; mas a igreja militante não é a igreja triunfante. Há joio entre o trigo. "Queres pois que vamos arrancá-lo?" foi a pergunta do servo; mas o pai de família respondeu: "Não; para que ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele." Mateus 13:2, 29. A rede do evangelho apanha não só peixes bons, mas também ruins, e só o Senhor sabe quem são os Seus. TS2 362 2 É nosso dever individual andar humildemente com Deus. Não devemos buscar nenhuma mensagem estranha, nova. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que procuram andar na luz, componham Babilônia. TS2 362 3 As igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado a promover doutrinas venenosas, o vinho do erro. Este vinho do erro é composto de doutrinas falsas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da pré-existência de Cristo antes de Seu nascimento em Belém, a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo e santificado dia de Deus. Estes erros e outros semelhantes são apresentados ao mundo pelas várias igrejas, e assim se cumprem as Escrituras, que dizem: "Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição." TS2 362 4 "Debilitada e defeituosa, necessitando constantemente ser admoestada e aconselhada, a igreja é, não obstante, o objeto do supremo cuidado de Cristo. Mediante Sua graça procura influenciar o coração humano, efetuando tal transformação de caráter, que os anjos ficam maravilhados, e expressam seu gozo em cânticos de louvor. Regozijam-se ao pensar que os seres humanos, pecadores e sujeitos a errar, podem ser transformados." -- Testimonies for the Church 7:16 (1902). TS2 363 1 Deus tem um povo em que todo o Céu se acha interessado, e eles são o único objeto na Terra, precioso ao coração de Deus. Que todos os que lerem estas palavras lhes dêem toda a consideração; pois em nome de Jesus desejo com elas impressionar cada alma. Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 41. TS2 363 2 Declarou o Senhor que a história do passado se repetirá, ao começarmos a obra finalizadora. Cada verdade por Ele dada para estes últimos dias deve ser proclamada ao mundo. Cada coluna que Ele ergueu, deve ser fortalecida. Não podemos agora descer dos fundamentos que Deus estabeleceu. Não podemos agora entrar para qualquer organização nova; pois isto significaria apostatar da verdade. -- Notebook Leaflet, "The Church", N. 1 (1905). TS2 363 3 Não há necessidade de duvidar, de temer que a obra não terá êxito. Deus está à frente da obra, e Ele porá tudo em ordem. Se, na direção da obra, houver coisas que careçam de ajustamentos, Deus disso cuidará, e operará para corrigir todo erro. Tenhamos fé em que Deus há de pilotar seguramente ao porto a nobre nau que conduz o povo de Deus. -- The Review and Herald, 20 de setembro de 1892. ------------------------Capítulo 49 -- O propósito de Deus na igreja TS2 364 1 É o propósito de Deus tornar patentes, por meio de Seu povo, os princípios de Seu reino. Mas para que pela sua conduta e caráter este possa revelar esses princípios, o Senhor deseja separá-lo dos costumes, hábitos e práticas do mundo. Procura aproximá-lo de Si para que lhe possa dar a conhecer Sua vontade. TS2 364 2 Esse foi Seu propósito na libertação de Israel do Egito. Na sarça ardente, Moisés recebeu de Deus a mensagem destinada a Faraó: "Deixa ir o Meu povo, para que Me sirva." Êxodo 7:16. Com mão forte e braço estendido, Deus tirou o povo hebreu da terra do cativeiro. Foi maravilhosa a libertação que operou em seu favor, punindo os inimigos, que recusaram atender à Sua Palavra, com uma destruição completa. TS2 364 3 Deus queria separar Seu povo do mundo e prepará-lo para receber Sua Palavra. Do Egito conduziu-o ao monte Sinai, onde lhe revelou Sua glória. Aqui nada havia que pudesse desviar seu espírito de Deus; e enquanto o povo levantava os olhos para os elevados cimos que se erguiam para o Céu, podia compreender a sua nulidade em face do grande Criador. Ao lado desses rochedos, que nada podia mover exceto a vontade divina, o Senhor Se comunicou com o homem. E para que Sua Palavra lhes ficasse clara e distintamente gravada no espírito, proclamou Sua lei, que tinha dado no Éden e era o transcrito de Seu caráter, em meio de trovões e relâmpagos, com terrível majestade. Essas palavras foram escritas sobre tábuas de pedra pelo dedo de Deus. Deste modo a vontade divina foi revelada a um povo que fora chamado a dar a conhecer a todas as nações, tribos e línguas, os princípios de Seu governo no Céu e na Terra. TS2 365 1 Para o mesmo fim, Deus chamou Seu povo na atualidade. Revelou-lhe a Sua vontade e dele requer obediência. Nos últimos dias da história deste mundo a voz que falou do Sinai, volve a dizer aos homens: "Não terás outros deuses diante de Mim." Êxodo 20:3. À vontade de Deus os homens opuseram a própria vontade, mas não podem fazer calar esse preceito. A inteligência humana pode não compreender cabalmente as obrigações que tem para com o Poder mais elevado, mas não poderá eximir-se a elas. Acumulem embora os homens teorias e especulações, tentando opor a ciência à revelação e anular assim a Lei de Deus; com insistência sempre crescente o Espírito divino reiterará o preceito que diz: "Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás." Mateus 4:10. TS2 365 2 De que modo trata o mundo a Lei de Deus? -- Por toda parte nota-se forte oposição aos divinos preceitos. No desejo de eximir-se à obrigação de levar a cruz imposta pela obediência, as próprias igrejas fazem causa comum com os apóstatas, declarando que a lei divina foi mudada ou abolida. Os homens, em sua cegueira espiritual, se jactam de grandes progressos e conhecimentos; mas os atalaias celestiais vêem a Terra cheia de corrupção e violência. Por causa do pecado, a atmosfera do mundo se tornou como o ambiente de um foco de pestilências. TS2 365 3 Uma grande obra há a fazer em apresentar aos homens as verdades salvadoras do evangelho. É este o meio estabelecido por Deus para represar a onda da corrupção moral. É este o meio de restaurar no homem a imagem divina. É este o Seu remédio contra a dissolução universal. É o poder que impele os homens para a unidade. Apresentar estas verdades é a obra da mensagem do terceiro anjo. O Senhor determinou que a proclamação dessa mensagem fosse a maior e mais importante obra no mundo para o presente tempo. TS2 365 4 Satanás está constantemente instigando os homens a aceitarem seus princípios. Deste modo procura contrariar a obra de Deus. Constantemente representa o escolhido povo de Deus como iludido. É o acusador dos irmãos e se prevalece desse meio contra os que procedem com justiça. O Senhor deseja refutar as argüições de Satanás patenteando o resultado da obediência aos princípios justos. Representar o caráter de Deus TS2 366 1 Toda a luz do passado, toda a luz do presente e que alumia até o futuro, conforme revelada na Palavra de Deus, é para todo o que a aceita. A glória dessa luz, que é a própria glória do caráter de Cristo, deve manifestar-se no cristão, individualmente, na família, na igreja, no ministério da Palavra e em cada instituição criada pelo povo de Deus. Todas estas coisas devem ser, no plano divino, figuras do que pode ser realizado a favor do mundo. Devem constituir símbolos do poder salvador das verdades do evangelho. São instrumentos no cumprimento do grande propósito divino em relação à humanidade. TS2 366 2 O povo de Deus deve servir de conduto para a transmissão da mais elevada influência que opera no Universo. Na visão de Zacarias, as duas oliveiras que estão diante de Deus são representadas transmitindo o áureo azeite, através de tubos de ouro, ao vaso de azeite do santuário. Dele são providas as lâmpadas do santuário, para que possam conservar-se ardentes e alumiando. Assim também dos entes ungidos, que estão na presença de Deus, a plenitude de divina luz, amor e poder se comunica ao Seu povo para que possa ser portador de luz, regozijo e refrigério a outras almas. Devem servir de condutos pelos quais Deus possa derramar sobre o mundo as correntes de Seu infinito amor. TS2 366 3 O propósito que Deus quer realizar por meio de Seu povo hoje, é o mesmo que desejou realizar por meio de Israel, quando o tirou do Egito. Pela contemplação da bondade, misericórdia, justiça e amor de Deus, manifestados na igreja, deve o mundo ter uma idéia de Seu caráter. E se a lei divina for desse modo exemplificada na conduta dos que a professam, o próprio mundo reconhecerá a superioridade dos que amam, temem e servem a Deus sobre o restante da humanidade. TS2 367 1 Deus tem Suas vistas postas sobre cada indivíduo de Seu povo e em relação a cada um tem Seus planos. É Seu propósito que os que cumprem Seus santos preceitos, sejam um povo distinto. Ao povo de Deus, aplica-se ainda hoje, como ao antigo Israel, as palavras escritas por Moisés sob a inspiração divina: "Povo santo és ao Senhor teu Deus: o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que sobre a Terra há." Deuteronômio 7:6. "Vedes aqui, vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor meu Deus: para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os, pois, e fazei-os porque esta será a vossa sabedoria, e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo só é gente sábia e entendida. Porque, que gente há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus, todas as vezes que O chamamos? E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?" Deuteronômio 4:5-8. TS2 367 2 Mesmo essas palavras não exprimem cabalmente a magnitude e a glória do propósito de Deus a respeito de Seu povo. Cumpre-nos tornar manifestos os princípios de Seu reino, não só em relação ao mundo, como a todo o Universo. O apóstolo Paulo, escrevendo sob inspiração divina, diz: "A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que agora pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida aos principados e potestades nos Céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor." Efésios 3:8-10. TS2 368 1 Irmãos, "somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens". 1 Coríntios 4:9. "Que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus?" 2 Pedro 3:11, 12. TS2 368 2 A fim de manifestarmos o caráter divino e não nos iludirmos a nós mesmos, à igreja e ao mundo com um cristianismo falso, temos de tomar conhecimento pessoal com Deus. Se mantivermos comunhão com Ele, seremos Seus ministros, ainda que não preguemos um só sermão à igreja. Seremos Seus cooperadores pela apresentação da perfeição de Seu caráter em nossa humanidade. ------------------------Capítulo 50 -- A obra para o presente tempo TS2 369 1 Estamos na iminência de importantes e solenes acontecimentos. Cumprem-se as profecias. Uma estranha e acidentada história está sendo registrada nos livros do Céu. Tudo em nosso mundo se mostra em estado de agitação. Há guerras e rumores de guerras. As nações estão iradas, e é chegado o tempo dos mortos para serem julgados. Os acontecimentos se sucedem, alternando-se e apressando o dia de Deus, que está muito próximo. Só nos resta, por assim dizer, um pequeno instante. Mas, conquanto nação se esteja levantando contra nação e reino contra reino, não se desencadeou ainda um conflito geral. Ainda os quatro ventos sobre os quatro cantos da Terra estão sendo retidos até que os servos de Deus estejam assinalados na testa. Então as potências do mundo hão de mobilizar suas forças para a ultima grande batalha. TS2 369 2 Satanás está atarefado em preparar planos para o último e tremendo conflito em que todos hão de definir sua atitude. Depois de o evangelho haver sido pregado ao mundo, durante quase dois mil anos, continua a apresentar aos homens e mulheres a mesma cena que exibiu a Cristo. De modo maravilhoso, faz passar por diante de seus olhos o panorama dos reinos deste mundo e sua glória. Isto promete a todos os que prostrados o adorarem. Deste modo busca impor a todos o seu domínio. TS2 369 3 Satanás está operando com todas as suas forças, a fim de ocupar o lugar de Deus e destruir a todos que a isso se opuserem. E hoje vemos todo o mundo inclinando-se diante dele. Seu poder é aceito como o de Deus. Cumpre-se a profecia do Apocalipse: "toda a Terra se maravilhou após a besta". Apocalipse 13:3. TS2 369 4 Os homens na sua cegueira se ufanam de grandes progressos e conhecimentos; mas aos olhos do Onisciente se descobrem o pecado e depravação de seu íntimo. Os atalaias celestes vêem a Terra cheia de violência e crime. Acumulam-se riquezas por meio de toda a espécie de roubos, e roubos praticados não só em relação aos homens, mas também em relação a Deus. Os homens se servem dos bens a eles confiados para satisfazer seu egoísmo. Tudo que conseguem adquirir tem de servir à sua avareza. A mesquinhez e a sensualidade campeiam infrenes. Os homens cultivam as mesmas qualidades do arquienganador. Aceitaram-no como deus e tornaram-se imbuídos de seu espírito. TS2 370 1 Mas as nuvens da justiça divina já se condensam sobre eles, pejadas dos elementos que destruíram Sodoma. Nas visões que lhe foram concedidas dos acontecimentos futuros, o profeta João contemplou essa cena. Este culto dos demônios lhe foi revelado e pareceu-lhe que todo o mundo estava à borda da perdição. Mas enquanto olhava com grande interesse, notou a assembléia dos que guardam os mandamentos de Deus. Tinham na testa o selo do Deus vivo, e disse: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. E ouvi uma voz do Céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam. E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem Um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a Sua cabeça uma coroa de ouro, e na Sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice, e sega; é já vinda a hora de segar, porque já a seara da Terra está madura. E Aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a Sua foice à Terra, e a Terra foi segada. E saiu do templo, que está no Céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da Terra, porque já as suas uvas estão maduras. E o anjo lançou sua foice à Terra e vindimou as uvas da vinha da Terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus." Apocalipse 14:12-19. Antes que seja demasiado tarde TS2 371 1 Quando a tempestade da ira de Deus irromper sobre a Terra, quão terrível será a decepção daqueles cujas casas hão de ser arrebatadas porque estavam fundadas sobre areia! Dai-lhes a conhecer a divina advertência antes que seja tarde demais! Devemos sentir agora a nossa responsabilidade de trabalhar com intenso ardor, a fim de comunicar a outros as verdades que Deus nos tem revelado para o tempo atual. Não podemos ser demasiado diligentes. TS2 371 2 O coração de Deus se comove. Almas são muito preciosas a Seus olhos. Foi por este mundo que Jesus chorou em agonia -- por este mundo foi crucificado. Deus deu Seu Filho unigênito para salvar pecadores, e quer que nos amemos uns aos outros como nos amou. Sua vontade é que os que têm o conhecimento da verdade comuniquem este conhecimento aos seus semelhantes. TS2 371 3 Agora é o tempo de proclamar a última advertência. Uma virtude especial acompanha presentemente a proclamação desta mensagem; mas por quanto tempo? -- Só por um pouco de tempo ainda. Se houve jamais uma crise, essa crise é justamente agora. TS2 371 4 Todos estão decidindo agora o seu perpétuo destino. Os homens precisam ser despertados a fim de reconhecer a solenidade do momento, e a proximidade do dia em que terá terminado a graça. Esforços decisivos têm de ser envidados, a fim de apresentar esta mensagem ao povo de modo preeminente. O terceiro anjo deverá avançar com grande poder. Que ninguém passe por alto esta obra ou a considere como de somenos importância. TS2 371 5 A luz que recebemos sobre a terceira mensagem angélica é a legítima. O sinal da besta é exatamente o que tem sido proclamado. Nem tudo que se refere a este assunto é compreendido; nem compreendido será até que tenha sido completamente aberto o rolo do livro. Uma solene obra será, entretanto, realizada no mundo. A intimação do Senhor aos Seus servos é esta: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. TS2 372 1 Nenhuma mudança deverá efetuar-se nos traços gerais de nossa obra. Deve permanecer clara e distinta como foi criada pela profecia. Não nos compete entrar em aliança com o mundo, supondo com isto poder levar a melhor. Se alguém cruzar o caminho a fim de embaraçar o passo à obra nas linhas que Deus lhe traçou, incorrerá no desagrado divino. Nenhum traço da verdade que tornou o povo adventista do sétimo dia o que ele é, deve ser apagado. Temos antigos marcos da verdade, da experiência e do dever, e cumpre-nos defender firmemente nossos princípios em face do mundo. TS2 372 2 Importa levantarem-se homens que apresentem a todos os povos as Escrituras de Deus. Homens de todas as classes e de todas as capacidades, com seus variados dons, devem cooperar harmonicamente para um resultado comum. Deverão unir-se no esforço de levar a verdade a todo o povo, cumprindo cada qual sua missão especial. As mensagens dos três anjos TS2 372 3 Os três anjos de Apocalipse 14 são representados como voando pelo meio do Céu, o que simboliza a obra dos que estão proclamando a primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Todas elas estão concatenadas entre si. As evidências da verdade eterna e inalterável dessas importantes mensagens, tão significativas para a igreja que lhe valeram violenta oposição do mundo religioso, não estão falidas. Satanás procura constantemente projetar sombra sobre essas mensagens para que o povo de Deus não possa discernir claramente sua importância, tempo e lugar; não obstante, permanecem e deverão exercer sua influência sobre nossa vida religiosa, enquanto durar o tempo. TS2 372 4 A influência dessas mensagens tem aprofundado e ampliado seu ambiente, pondo em movimento as molas de ação de milhares de corações, e fazendo surgir estabelecimentos de ensino, casas editoras e de saúde. Todos estes estabelecimentos são instrumentos nas mãos de Deus, destinados a cooperarem na grande obra representada pelo primeiro, segundo e terceiro anjos: a obra de advertir o mundo de que Cristo virá segunda vez com poder e grande glória. TS2 373 1 Irmãos e irmãs, meu ardente desejo é por estas palavras chamar vossa atenção para a gravidade do tempo e a significação dos acontecimentos que agora estão ocorrendo. Eu vos aponto para os movimentos intensos que atualmente se estão fazendo para a restrição da liberdade religiosa. O santificado monumento divino foi calcado a pés, e erigido em seu lugar diante do mundo o falso sábado, que não tem santidade alguma. E enquanto as potências das trevas instigam os elementos terrenos, o Senhor do Céu envia Seu poder do alto a fim de fazer face ao Seu movimento, despertando instrumentos para exaltarem a lei do Céu. Agora, precisamente agora, é o tempo de trabalharmos em países estrangeiros. Quando a América, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo. O nosso povo está longe de fazer quanto lhe permitem os recursos que tem ao seu dispor, a fim de estender a mensagem de advertência. A última mensagem de misericórdia TS2 373 2 O Senhor do Céu não enviará Seus juízos destinados a punir a desobediência e transgressão, até que Seus atalaias tenham proclamado Suas advertências. Não encerrará o tempo da graça até que a mensagem seja mais distintamente proclamada. A lei divina deve ser engrandecida; seus reclamos, expostos em seu caráter legítimo e sagrado, para que o povo seja induzido a decidir-se pró ou contra a verdade. Contudo, a obra será abreviada em justiça. A mensagem da justiça de Cristo há de soar desde uma até a outra extremidade da Terra, a fim de preparar o caminho ao Senhor. Esta é a glória de Deus com que será encerrada a mensagem do terceiro anjo. TS2 373 3 Não há obra na Terra tão importante, tão sagrada e tão gloriosa, que tanto honre a Deus, como a obra do evangelho. A mensagem apresentada para o presente tempo é a última mensagem de graça a um mundo decaído. Os que têm o privilégio de ouvir e persistem em recusar atender à sua advertência, rejeitam a última esperança de salvação. Não haverá um segundo tempo de graça. TS2 374 1 A palavra da verdade -- "está escrito" -- é o evangelho que cumpre pregar. Diante dessa árvore da vida não foi postada nenhuma espada inflamada. Todos os que quiserem, dela participarão livremente. Não há poder que possa vedar a uma alma comer do seu fruto. Todos podem dela comer e viver perpetuamente. TS2 374 2 Nas mensagens de Deus, proclamadas pela igreja remanescente, estão encerrados mistérios que os próprios anjos desejariam penetrar, e que profetas e reis e homens justos de todos os tempos desejaram compreender. Os profetas vaticinaram acerca destas coisas e diligenciaram compreender o que haviam predito, mas não tiveram esse privilégio. Anelaram ver o que estamos vendo e ouvir o que ouvimos, mas não puderam. Sabê-lo-ão, porém, quando Cristo vier segunda vez; quando, rodeado de uma multidão que ninguém poderá contar, lhes explicar o libertamento operado por Seu grande sacrifício. ... Que ninguém fique por advertir TS2 374 3 Enquanto os anjos seguram os quatro ventos, cumpre-nos trabalhar com todas as nossas forças. Precisamos proclamar nossa mensagem sem demora. Dar perante o Universo celeste e aos homens desta época degenerada, o testemunho de que nossa religião é uma fé e um poder de que o Autor é Cristo, e Sua Palavra o divino oráculo. Almas humanas pendem na balança. Ou serão súditos do reino de Deus ou escravos do despotismo de Satanás. Todos devem ter o privilégio de lançar mão da esperança posta diante deles no evangelho; e como podem eles ouvir sem pregador? A família humana está em necessidade de uma renovação moral, um preparo de caráter, a fim de poder subsistir diante de Deus. Almas há prestes a perecer devido aos erros heréticos que predominam, os quais são calculados a neutralizar a mensagem evangélica. Quem se consagrará agora plenamente para tornar-se coobreiro de Deus? TS2 375 1 Ao verdes o perigo e as misérias do mundo sob a operação de Satanás, não vos permitais exaurir as energias que Deus vos dá em ociosas lamentações, mas trabalhai por vós mesmos e por outros. Despertai e preocupai-vos pelos que perecem. Se não forem ganhos para Cristo, perderão uma eternidade de bem-aventurança. Pensai no que lhes é possível alcançar. A alma criada por Deus e redimida por Cristo, é de grande valor devido às possibilidades que tem diante de si, as vantagens espirituais que lhe foram asseguradas, às aptidões que lhe é possível possuir caso seja vivificada pela Palavra de Deus, e à imortalidade que, mediante o Doador da vida, pode obter sendo obediente. Uma alma é de mais valor para o Céu do que um mundo inteiro de propriedades, casas, terras, dinheiro. Pela conversão de uma alma devemos taxar ao máximo os nossos recursos. Uma alma ganha para Cristo irradiará a luz celeste para tudo o que a rodeia, penetrando a treva moral e salvando outras almas. TS2 375 2 Se Cristo deixou as noventa e nove a fim de buscar e salvar uma única ovelha perdida, seremos nós justificados, caso façamos menos? Não é a negligência de trabalhar como Ele trabalhou, de sacrificar-nos como Ele Se sacrificou, uma traição a sagrados legados, um insulto a Deus? TS2 375 3 Fazei soar um alarme pela extensão e largura da Terra. Dizei ao povo que o dia do Senhor está perto, e se apressa grandemente. Ninguém fique por advertir. Poderíamos achar-nos no lugar das pobres almas que se encontram em erro. Poderíamos haver sido colocados entre os bárbaros. Segundo a verdade que recebemos mais que os outros, somos nós devedores quanto a comunicar-lha. TS2 375 4 Não temos tempo a perder. O fim está próximo. Em breve a passagem de um lugar para outro a fim de transmitir a verdade será cercada de perigos à direita e à esquerda. Far-se-á tudo para obstruir o caminho dos mensageiros do Senhor, de modo que não possam realizar o que lhes é possível executar agora. Cumpre-nos olhar de frente nossa obra, e avançar o mais depressa possível em luta intensa. Segundo a luz que me foi dada por Deus, sei que as potências das trevas estão trabalhando com intensa energia que procede de baixo, e a passos furtivos vai Satanás avançando para se apoderar dos que agora se acham adormecidos, qual lobo que se apodera da presa. Temos agora advertências que nos é possível dar, uma obra que nos é concedido fazer; em breve, porém, será mais difícil do que podemos imaginar. Ajude-nos Deus, a conservar-nos na vereda da luz, trabalhar com os olhos fixos em Jesus, nosso Líder, e, paciente e perseverantemente, avançar para a vitória. TS2 376 1 O povo de Deus tem diante de si poderosa obra, obra que importa subir continuamente a maior preeminência. Incomparavelmente mais extensivos devem ser nossos esforços no sentido missionário. Cumpre efetuar obra mais decidida do que tem sido feita, antes do segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. O povo de Deus não deve cessar seus labores até que circundem o mundo. -- Testimonies for the Church 6:23, 24 (1900). TS2 376 2 Precisamos viver uma vida dupla -- vida de pensamento e de ação, de oração silenciosa e diligente trabalho. Todos quantos receberam a luz da verdade devem reconhecer como dever seu, espargir raios de luz na senda dos impenitentes. Devem ser testemunhas de Cristo em nossos escritórios, da mesma maneira que na igreja. Deus requer que sejamos cartas vivas, conhecidas e lidas por todos os homens. A alma que, mediante diária e fervorosa oração, se volve a Deus em busca de forças, apoio, poder, terá aspirações nobres, claras percepções da verdade e do dever, elevados desígnios de ação, e constante fome e sede de justiça. Mantendo ligação com Deus, seremos habilitados a difundir entre outros, por nossa associação com eles, a luz, a paz, a serenidade que reinam em nosso coração, e a dar-lhes um exemplo da inabalável fidelidade aos interesses da obra em que nos achamos empenhados. -- Testimonies for the Church 4:459, 460 (1880). TS2 377 1 É à alma sedenta que se abre a fonte das águas vivas. Deus declara: "Derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca." Isaías 44:3. Às almas que buscam diligentemente a luz e que aceitam de boa vontade todo raio de iluminação divina vindo de Sua Santa Palavra, unicamente a essas, será a luz comunicada. É por meio dessas almas que Deus revelará aquela luz e poder que iluminarão toda a Terra com Sua glória. -- Testimonies for the Church 5:729 (1889). ------------------------Capítulo 51 -- A reunião campal TS2 378 1 É de importância que os membros de nossas igrejas assistam às reuniões campais. Os inimigos da verdade são muitos; e porque pouco é o nosso número, cumpre-nos apresentar uma frente tão forte quanto possível. Necessitais, individualmente, dos benefícios da reunião, e Deus vos convida a serdes os primeiros nas fileiras da verdade. TS2 378 2 Dirão alguns: "É dispendioso viajar, e nos seria preferível economizar o dinheiro e dá-lo para o avançamento da obra onde é tão necessário." Não raciocineis assim; Deus vos chama a ocupar o lugar que vos pertence nas fileiras de Seu povo. Tanto quanto vos for possível fortalecei a reunião estando presentes, vós e vossa família. Fazei esforço extraordinário para assistir à reunião do povo de Deus. TS2 378 3 Irmãos e irmãs, muito melhor vos seria deixar que os negócios sofressem do que perder o ensejo de ouvir a mensagem que Deus tem para vós. Não arranjeis nenhuma desculpa que vos impeça de obter toda vantagem espiritual possível. Necessitais todo raio de luz. Precisais habilitar-vos a dar a razão da esperança que há em vós, com mansidão e temor. Não vos podeis permitir a perda de um privilégio assim. TS2 378 4 Antigamente o Senhor instruiu Seu povo a se reunir três vezes por ano para tributar-Lhe culto. A essas santas convocações ia o povo de Israel, levando dízimos, ofertas pelo pecado e ofertas de gratidão à casa do Senhor. Encontravam-se para contar as misericórdias de Deus, tornar-Lhe conhecidas as Suas maravilhosas obras e dar louvores e ações de graças ao Seu nome. E deviam unir-se no serviço sacrifical que apontava a Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Assim deviam eles ser guardados do poder corruptor da mundanidade e da idolatria. A fé, o amor e a gratidão deviam ser mantidos vivos no coração deles e, por meio de sua associação nesse sagrado serviço, deviam ser mais estreitamente ligados a Deus e uns aos outros. TS2 379 1 Nos dias de Cristo, essas festas eram assistidas por vastas multidões de gente de todas as terras; e, houvessem elas sido conservadas como era intenção do Senhor, no espírito do verdadeiro culto, e a luz da verdade poderia haver sido comunicada por meio deles a todas as nações do mundo. TS2 379 2 Para os que moravam distante do tabernáculo, mais de um mês de cada ano deve ter sido empregado em assistir a essas santas convocações. O Senhor viu que essas reuniões eram necessárias à vida espiritual de Seu povo. Precisavam desviar-se de seus cuidados terrenos para comungar com Deus, e contemplar as realidades invisíveis. TS2 379 3 Se os filhos de Israel necessitavam dessas santas convocações em seu tempo, quanto mais as necessitamos nós nesses dias finais de perigo e conflito! E se o povo do mundo então precisava da luz que Deus confiara a Sua igreja, quanto mais dela necessitarão eles agora! TS2 379 4 O tempo atual é de molde a todos irem em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os poderosos. Avigoram-se as forças do inimigo, e, como um povo, somos falsamente apresentados. Desejamos que o povo se relacione com nossas doutrinas e obra. Queremos que saibam o que somos e o que cremos. Precisamos abrir caminho ao coração deles. Que o exército do Senhor se ache em campo a fim de representar a obra e a causa de Deus. Não alegueis desculpas. O Senhor necessita de vós. Ele não faz Sua obra sem a cooperação do instrumento humano. Ide à reunião campal, ainda que isto vos custe um sacrifício. Ide dispostos a trabalhar. E fazei todo esforço para levar vossos amigos a ir, não em vosso lugar, mas convosco, para estarem ao lado do Senhor e obedecer-Lhe os mandamentos. Ajudai os que mostram interesse em ir, provendo-lhes, se necessário, comida e alojamento. Os anjos comissionados a ministrar aos herdeiros da salvação, vos farão companhia. Deus fará grandes coisas por Seu povo. Abençoará todo esforço para honrar-Lhe a causa e promover o avançamento de Sua obra. O preparo do coração TS2 380 1 Precisamos lembrar que, nessas reuniões, há duas forças em operação. Uma batalha invisível a olhos humanos está sendo travada. Está em campo o exército do Senhor, buscando salvar almas. Satanás e suas hostes também estão em atividade, buscando por todos os meios possíveis, enganar e destruir. O Senhor ordena-nos: "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais." Efésios 6:11, 12. Dia a dia prossegue a batalha. Se nossos olhos se pudessem abrir para ver em operação os instrumentos bons e os maus, não haveria frivolidades e vaidades, nem gracejos e chocarrices. Se todos se revestissem de toda a armadura de Deus e combatessem varonilmente as batalhas do Senhor, obter-se-iam vitórias que fariam tremer o reino das trevas. TS2 380 2 Nenhum de nós deve ir à reunião campal confiando nos ministros ou nos obreiros bíblicos para torná-la uma bênção para nós. Deus não quer que Seu povo dependa inteiramente dos ministros. Não quer que se enfraqueçam dependendo do auxílio de criaturas humanas. Não devem, como crianças impotentes, apoiar-se em outros. Como despenseiro da graça de Deus, todo membro de igreja deve sentir sua responsabilidade individual de ter vida e raiz em si mesmo. Cada um deve sentir que, em certa medida, o êxito da reunião depende dele. Não digais: "Não sou responsável. Não terei nada que fazer nessa reunião." Se assim sentirdes, estais dando a Satanás ensejo de operar por vosso intermédio. Encher-vos-á a mente com seus pensamentos, dando-vos alguma coisa que fazer em suas fileiras. Em vez de ajuntardes com Cristo, haveis de espalhar. TS2 381 1 O êxito da reunião depende da presença e do poder do Espírito Santo. Todo o que ama a causa da verdade, deve orar pelo derramamento do Espírito. E o quanto estiver em nosso alcance, cumpre-nos remover todo obstáculo a Sua operação. O Espírito não poderá nunca ser derramado enquanto os membros da igreja nutrirem desarmonia e amargura uns contra os outros. Inveja, ciúmes, ruins suspeitas e maledicências, são coisas de Satanás, e barram eficazmente o caminho à operação do Espírito Santo. Coisa alguma neste mundo é tão preciosa para Deus como Sua igreja. Coisa alguma é por Ele guardada com tão cioso cuidado. Coisa alguma ofende tanto ao Senhor como um ato que prejudique os que Lhe estão fazendo o serviço. Ele chamará a contas todos quantos ajudam Satanás em sua obra de criticar e desanimar. TS2 381 2 Os que são destituídos de compaixão, ternura e amor, não podem fazer a obra de Cristo. Antes de se poder cumprir a profecia: O fraco será "como Davi", e a casa de Davi "como o anjo do Senhor" (Zacarias 12:8), os filhos de Deus precisam afastar todo pensamento de suspeita com referência a seus irmãos. Os corações devem bater em uníssono. A beneficência cristã e o amor fraternal devem ser manifestados muito mais abundantemente. Soam aos meus ouvidos as palavras: "Uni-vos, uni-vos!" A solene, sagrada verdade para este tempo, deve unificar o povo de Deus. Importa que morra o desejo de preeminência. Todos os outros objetos de emulação devem ser absorvidos por um único -- quem se assemelhará mais a Cristo no caráter? Quem esconderá mais completamente em Cristo o próprio eu? TS2 381 3 "Nisto é glorificado Meu Pai", diz Cristo, "em que deis muito fruto." João 15:8. Se há um lugar em que os crentes devam dar muito fruto, é em nossas reuniões campais. Nessas reuniões são observados nossos atos, nossas palavras e o espírito que mostramos, e nossa influência é de tão vasto alcance como a eternidade. TS2 381 4 A transformação do caráter deve ser perante o mundo, o testemunho do amor de Cristo no coração. O Senhor espera que Seu povo manifeste que o poder redentor da graça pode operar sobre o caráter faltoso, e fazer com que ele se desenvolva em simetria, sendo abundantemente frutífero. TS2 382 1 A fim de cumprirmos os desígnios de Deus, porém, há uma obra preparatória a fazer. O Senhor nos pede que esvaziemos o coração do egoísmo que é a raiz de toda alienação. Ele anseia derramar sobre nós Seu Santo Espírito em fartas medidas, e que aplainemos o caminho mediante a renúncia. Quando o próprio eu for entregue a Deus, nossos olhos serão abertos para ver as pedras de tropeço que nossa dessemelhança com Cristo tem posto no caminho dos outros. Tudo isso Deus nos manda remover. Diz Ele: "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis." Tiago 5:16. Então poderemos ter a certeza experimentada por Davi quando, depois de confessar o seu pecado, orou: "Torna a dar-me a alegria da Tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário. Então ensinarei aos transgressores os Teus caminhos, e os pecadores a Ti se converterão." Salmos 51:12, 13. TS2 382 2 Quando a graça de Deus reinar no interior, a alma será circundada por uma atmosfera de fé, ânimo e amor cristão, atmosfera revigoradora para a vida espiritual de todos os que a respiram. Então podemos ir à reunião campal, não somente para receber, mas para comunicar. Todo aquele que é participante do amor perdoador de Cristo, todo o que foi esclarecido pelo Espírito de Deus e convertido à verdade, por essas preciosas bênçãos sentir-se-á devedor a toda alma com quem se põe em contato. Os que são humildes de coração serão usados pelo Senhor para alcançar almas de quem o ministro ordenado não se pode aproximar. Serão impulsionados a proferir palavras que revelam a salvadora graça de Cristo. TS2 382 3 E, beneficiando aos outros, serão eles próprios abençoados. Deus nos dá oportunidade de comunicar graça, para que nos possa encher novamente de mais graça. A esperança e a fé se robustecerão à medida que o instrumento de Deus opera com os talentos e os recursos fornecidos por Ele. Terá uma instrumentalidade divina a cooperar com ele. ... A obra dos ministros TS2 383 1 Os presidentes de associação e os ministros devem dedicar-se aos interesses espirituais do povo, e portanto serem dispensados do trabalho mecânico que acompanha as reuniões. Os ministros devem estar prontos para agir como mestres e guias na obra do acampamento, quando a ocasião o exija, mas não ser levados ao ponto de exaustão. Devem sentir-se refrigerados, em animada disposição de espírito, pois isto é essencial ao máximo benefício da reunião. Devem ser capazes de proferir palavras de animação e coragem, e lançar sementes de verdade espiritual no solo dos corações sinceros, de modo a brotarem e produzirem precioso fruto. TS2 383 2 Os ministros devem ensinar o povo a se aproximarem do Senhor e a conduzirem outros a Ele. Devem-se adotar métodos, delinear planos pelos quais a norma seja elevada, e o povo seja ensinado quanto à maneira por que podem purificar da iniqüidade e elevar-se pela adesão aos princípios puros e santos. TS2 383 3 Deve haver tempo para exame do coração, para a cultura da alma. Quando a mente está ocupada com assuntos de negócios deve haver necessariamente carência de poder espiritual. A piedade pessoal, a verdadeira fé, a santidade do coração, devem ser conservados diante do espírito até que o povo compreenda sua importância. TS2 383 4 Precisamos possuir o poder de Deus em nossas reuniões campais, do contrário não nos será possível prevalecer sobre o inimigo das almas. Cristo diz: "Sem Mim, nada podeis fazer." TS2 383 5 Os que se ajuntam nessas reuniões campais devem ser impressionados com o fato de que o objetivo das mesmas é atingir a uma experiência cristã mais elevada, crescer no conhecimento de Deus, fortalecer-se com vigor espiritual; e a menos que isto compreendamos, as reuniões nos serão infrutíferas. TS2 383 6 Não pode haver influência mais prejudicial a uma reunião campal ou a qualquer outra reunião para culto religioso, do que os muitos encontros e a conversa descuidosa de uns com os outros. Freqüentemente homens e mulheres se reúnem em grupos, e empenham-se em conversa acerca de assuntos comuns que não se relacionam com a reunião. Alguns trouxeram consigo suas lavouras, outros sua casa, e estão a fazer planos para construções. Alguns dissecam o caráter de outros, e não têm tempo ou disposição para esquadrinhar o próprio coração, para descobrir os defeitos do próprio caráter, a fim de corrigir-lhe os erros, e aperfeiçoar a santidade no temor de Deus. TS2 384 1 Se todos quantos professam ser seguidores de Cristo aproveitassem o tempo fora das reuniões para conversar sobre a verdade, para deter-se na esperança do cristão, em examinar-se a si mesmos e em fervorosa oração diante de Deus, rogando-Lhe a bênção, muito maior seria a obra realizada do que já temos visto. Os incrédulos, que acusam falsamente os que crêem na verdade, seriam convencidos por causa de sua "boa conversação em Cristo". Nossas palavras e atos são o fruto que produzimos; "portanto, pelos seus frutos os conhecereis". -- Testimonies for the Church 2:597, 598 (1871). TS2 384 2 O objetivo de uma reunião campal é levar todos a se afastarem dos cuidados, dos negócios e das preocupações, e a consagrarem alguns dias exclusivamente a buscar ao Senhor. Devemos ocupar o tempo em exame interior, esquadrinhando intimamente o coração, fazendo contritas confissões de pecado, e renovando nossos votos ao Altíssimo. Se alguém vai a essas reuniões com objetivos menos dignos, esperamos que o caráter das reuniões seja de molde a levar-lhes a mente a objetivos apropriados. -- Testimonies for the Church 2:601 (1871). TS2 384 3 Muitos cristãos vacilarão na fé, caso negligenciem constantemente reunirem-se para conferência e oração. Caso lhes fosse impossível fruir esses privilégios religiosos, então Deus enviaria diretamente luz do Céu por meio de Seus anjos, a fim de animar, alegrar e abençoar Seu povo disperso. Ele, porém, não Se propõe operar um milagre para sustentar a fé de Seus santos. Exige-se deles que amem a verdade o suficiente para se darem a alguns incomodozinhos para obter os privilégios e bênçãos a eles estendidos por Deus. O mínimo que eles podem fazer é consagrar alguns dias por ano a um esforço unido para levar avante a causa de Cristo e trocarem amistosos conselhos e compassivo interesse. -- Testimonies for the Church 4:106, 107 (1876). ------------------------Capítulo 52 -- O trabalho pelas classes mais altas TS2 386 1 Temos uma obra a fazer por ministros de outras igrejas. Deus quer que eles se salvem. Como nós mesmos, eles só poderão obter a imortalidade mediante a fé e a obediência. Precisamos trabalhar diligentemente por eles, a fim de que a possam alcançar. Deus quer que eles tenham parte em Sua obra especial para este tempo. Quer que se achem entre os que estão dando o alimento a tempo a seu povo. Por que não se haveriam eles de empenhar nesta obra? TS2 386 2 Nossos ministros devem buscar aproximar-se dos ministros de outras denominações. Orai por esses homens e com eles, por quem Cristo está fazendo intercessão. Impende sobre eles solene responsabilidade. Como mensageiros de Cristo, cumpre-nos manifestar profundo e fervoroso interesse nestes pastores do rebanho. TS2 386 3 O chamado a ser feito nos "caminhos", deve ser proclamado a todos quantos têm parte ativa na obra mundial, aos mestres e guias do povo. Aos que têm sérias responsabilidades na vida pública -- médicos e professores, advogados e juízes, funcionários públicos e comerciantes -- deve ser dada clara, distinta mensagem. "Que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate de sua alma?" Marcos 8:36, 37. TS2 386 4 Muito falamos e escrevemos acerca dos pobres negligenciados; não se deveria dar alguma atenção aos negligenciados ricos? Muitos consideram essa classe como sem esperança, e pouco fazem para abrir os olhos dos que, cegados e deslumbrados pelo poder de Satanás, perderam de vista a eternidade. Milhares de ricos baixaram à sepultura sem serem advertidos porque foram julgados pelas aparências, e passados por alto como casos desesperados. Mas, por mais indiferentes que pareçam, foi-me mostrado que a maioria dessa classe é de almas opressas. Milhares de ricos acham-se famintos quanto ao alimento espiritual. Muitos que ocupam cargos oficiais, sentem a própria necessidade de alguma coisa que não possuem. Poucos entre eles vão à igreja, porque acham que não recebem nenhum benefício. O ensino que ouvem não toca a alma. Não faremos nós esforço pessoal em seu favor? TS2 387 1 Alguém perguntará: Não os podemos alcançar por meio de publicações? Muitos há que não podem ser atingidos por esta maneira. É de esforço pessoal que eles precisam. Hão de perecer sem uma advertência especial? Não acontecia assim nos tempos da antiguidade. Os servos de Deus eram enviados aos que se encontravam em altas posições, que só podiam encontrar descanso e paz no Senhor Jesus Cristo. TS2 387 2 A Majestade do Céu veio ao mundo a fim de salvar a perdida e degradada humanidade. Seus esforços incluíam não somente os párias, mas também os que ocupavam posições de honra. Habilmente buscava Ele acesso às almas das classes altas que não conheciam a Deus e não guardavam Seus mandamentos. TS2 387 3 A mesma obra continuou depois da ascensão de Cristo. Enternece-me deveras o coração ler o interesse manifestado pelo Senhor em Cornélio. Este era um homem de posição elevada, oficial do exército romano, mas estava andando estritamente em harmonia com a luz que recebera. O Senhor mandou-lhe especial mensagem do Céu e, por meio de outra mensagem, encaminhou Pedro para visitá-lo e comunicar-lhe luz. Deve servir-nos de grande animação em nosso trabalho pensar na compaixão e terno amor de Deus para com os que estão buscando luz, e por ela orando. TS2 387 4 Muitos me são apresentados como sendo semelhantes a Cornélio, homens que Deus deseja unir a Sua igreja. Eles simpatizam com o povo que guarda os mandamentos do Senhor. As ligações que os prendem ao mundo, porém, seguram-nos firmemente. Não têm a coragem moral de tomar posição ao lado dos humildes. Cumpre-nos fazer especiais esforços por essas almas, necessitadas também de trabalho especial em virtude de suas responsabilidades e tentações. TS2 388 1 Segundo a luz que me foi dada, sei que deve ser dito agora aos homens de influência e autoridade no mundo, um positivo: "Assim diz o Senhor." Eles são mordomos a quem Deus confiou importantes legados. Caso Lhe aceitem o convite, Ele os empregará em Sua causa. ... TS2 388 2 Alguns há especialmente aptos para trabalhar entre as classes mais altas: Esses devem buscar diariamente o Senhor, estudando a maneira de se aproximarem dessas pessoas, não tendo apenas uma relação acidental, mas apoderar-se delas por meio de esforço pessoal e fé viva, manifestando profundo amor por sua alma, verdadeiro interesse em que recebam o conhecimento da verdade como é na Palavra de Deus. ------------------------Capítulo 53 -- O batismo TS2 389 1 O rito do batismo e o da Ceia do Senhor são dois monumentos comemorativos, colocados um fora e outro dentro da igreja. Sobre essas ordenanças Cristo inscreveu o nome do Deus verdadeiro. TS2 389 2 Fazendo do batismo o sinal de entrada para o Seu reino espiritual, Cristo o estabeleceu como condição positiva à qual têm de atender os que desejam ser reconhecidos como estando sob a jurisdição do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Antes que o homem possa obter abrigo na igreja, antes de transpor mesmo o limiar do reino espiritual de Deus, deve receber a impressão do nome divino -- "O Senhor Justiça Nossa". Jeremias 23:6. TS2 389 3 Simboliza o batismo soleníssima renúncia do mundo. Os que ao iniciar a carreira cristã são batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, declaram publicamente que renunciaram o serviço de Satanás, e se tornaram membros da família real, filhos do celeste Rei. Obedeceram ao preceito que diz: "Saí do meio deles, apartai-vos ... e não toqueis nada imundo." Cumpriu-se em relação a eles a promessa divina: "E Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:17, 18. Preparo para o batismo TS2 389 4 Mais cuidadoso preparo dos que se apresentam candidatos ao batismo, é o que se faz mister. Têm necessidade de mais conscienciosa instrução do que em geral recebem. Os princípios da vida cristã devem ser claramente explicados aos recém-convertidos. Não se pode confiar na sua mera profissão de fé como prova de que experimentaram o contato salvador de Cristo. Importa não só dizer "creio" mas também praticar a verdade. É pela nossa conformidade com a vontade divina em nossas palavras, atos e caráter, que provamos nossa comunhão com Ele. Quando quer que alguém renuncie o pecado, que é a transgressão da lei, sua vida é posta em harmonia com essa lei, caracterizando-se por perfeita obediência à mesma. Esta é a obra do Espírito Santo. A luz obtida pelo exame cuidadoso da Palavra de Deus, a voz da consciência e as operações do Espírito, produzem no coração o genuíno amor de Cristo, o qual Se deu a Si mesmo em sacrifício perfeito para salvar o homem todo -- o corpo, a alma e o espírito. Esse amor se manifesta na obediência. A linha de demarcação entre os que amam a Deus e guardam Seus mandamentos e os que O não amam e desprezam Seus preceitos há de ser clara e distinta. TS2 390 1 Cristãos fiéis devem ter grande interesse em comunicar às almas convencidas o conhecimento perfeito da justiça em Cristo. Se entre algumas delas prevalece o desejo de agradar a si próprias, os crentes sinceros devem vigiar sobre essas almas como os que devem dar conta delas. Não devem negligenciar o cuidado que lhes incumbe de instruir com fidelidade, ternura e carinho aos recém-convertidos, para que a boa obra não fique em meio. A primeira experiência de tais pessoas deve ser legítima. TS2 390 2 Satanás tem empenho em que ninguém reconheça a necessidade de se entregar completamente a Deus. Quando, porém, a alma não faz esta oblação de si mesma, o pecado não é renunciado; os apetites e paixões entram a disputar a primazia; tentações várias confundem a consciência, e não tem lugar a conversão legítima. Se todos soubessem avaliar o conflito que cada alma tem de sustentar com os instrumentos satânicos que a buscam enredar, seduzir e iludir, um trabalho mais diligente se faria notar a favor dos que são novos na fé. TS2 390 3 Essas almas, abandonadas a si mesmas, são muitas vezes tentadas, não conseguindo discernir a malignidade da tentação que as assalta. Dai-lhes a perceber que é seu privilégio solicitar vosso conselho. Que procurem a companhia dos que lhes podem ser úteis. Comunicando com os que amam e temem a Deus, serão fortalecidas. TS2 391 1 As nossas conversações com essas pessoas devem ser espirituais e de caráter animador. O Senhor avalia os embaraços de cada alma fraca, hesitante e que luta consigo própria, e está pronto a socorrer a qualquer que se chegar a Ele. Seus olhos poderão ver o Céu aberto e anjos de Deus descendo e subindo a escada luminosa que tentam galgar. A obra dos pais TS2 391 2 Os pais cujos filhos desejam batizar-se têm uma obra a fazer, já examinando-se a si próprios, já instruindo conscienciosamente os filhos. O batismo é um rito muito importante e sagrado, e importa compreender bem o seu sentido. Simboliza arrependimento do pecado e começo de uma vida nova em Cristo Jesus. Não deve haver nenhuma precipitação na administração desse rito. Pais e filhos devem avaliar os compromissos que por ele assumem. Consentindo no batismo dos filhos, os pais contraem em relação a eles a responsabilidade sagrada de despenseiros, para guiá-los na formação do caráter. Comprometem-se a guardar com especial interesse esses cordeiros do rebanho, para que não desonrem a fé que professam. TS2 391 3 A instrução religiosa deve ser ministrada aos filhos desde a mais tenra infância; não num espírito de condenação, mas alegre e bondoso. As mães devem vigiar constantemente, para que a tentação não sobrevenha aos filhos de modo a não ser deles reconhecida. Os pais devem proteger os filhos por meio de instruções sábias e valiosas. Como os melhores amigos desses seres inexperientes, devem ajudá-los a vencer a tentação, porque ser vitoriosos é quase sempre a sua sincera ambição. Devem considerar que os filhinhos, que procuram proceder bem, são os membros mais novos da família do Senhor, sendo o seu dever ajudá-los com profundo interesse a dar passos firmes na vereda da obediência. Com carinhoso zelo, devem ensinar-lhes dia a dia o que significa ser filhos de Deus e induzi-los a render-se em obediência a Ele. Ensinai-lhes que obediência a Deus implica obediência aos pais. Esse deve ser o vosso empenho de cada dia e de cada hora. Pais, vigiai; vigiai e orai, e fazei dos filhos os vossos companheiros. TS2 392 1 E quando enfim raiar a época mais feliz de sua existência, e, amando de coração a Jesus, desejarem ser batizados, procedei com reflexão. Antes de os fazer batizar, perguntai-lhes se o principal propósito de sua vida é servir a Deus. Ensinai-lhes então como devem começar; muito depende dessa primeira lição. Mostrai-lhes com simplicidade como prestar o primeiro serviço a Deus. Tornai essa lição tão compreensível quanto possível. Explicai-lhes o que significa entregar-se a si mesmos ao Senhor e, ajudados pelos conselhos dos pais, proceder como manda Sua Palavra. TS2 392 2 Depois de feito quanto em vós cabe, e eles revelarem ter compreendido o que significam a conversão e o batismo, e estarem verdadeiramente convertidos, deixai que se batizem. Mas, repito, disponde-vos de antemão a agir como pastores fiéis em guiar-lhes os inexperientes pés no caminho estreito da obediência. Deus tem de operar nos pais para que possam dar aos filhos bom exemplo em relação ao amor, à cortesia, humildade cristã e inteira devoção a Cristo. Se, porém, consentirdes em que os filhos sejam batizados e depois lhes permitirdes proceder como lhes apraz, não sentindo nenhuma obrigação de guiá-los pelo caminho estreito, sereis vós mesmos responsáveis pelo fracasso de sua fé, ânimo e interesse pela verdade. A obra do pastor TS2 392 3 Os batizandos adultos devem compreender melhor do que os de menor idade os seus deveres; mas o pastor da igreja tem obrigações em relação a eles. Talvez cultivem maus hábitos e práticas, cumprindo por isso ao pastor realizar com eles reuniões especiais. Estudai com eles a Bíblia, falai e orai com eles, mostrando-lhes claramente o que o Senhor deles requer. Lede-lhes o que diz a Bíblia com respeito à conversão. Mostrai-lhes o que seja o fruto da conversão, a prova de que amam deveras a Deus. Explicai-lhes que a legítima conversão se manifesta numa mudança do coração, pensamentos e intenções, pela renúncia de maus costumes, mexericos, ciúme e desobediência. Uma luta tem de ser travada contra cada mau traço de caráter; e então o crente poderá prevalecer-se da promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á." Mateus 7:7. Exame dos candidatos TS2 393 1 Os candidatos ao batismo não têm sido tão escrupulosamente examinados em relação ao seu discipulado, quanto o deviam ser. Importa saber se meramente adotam o nome de "Adventistas do Sétimo Dia" ou se realmente se colocaram ao lado do Senhor, renunciando o mundo e estando dispostos a não tocar nada imundo. Antes do batismo devem ser-lhes feitas perguntas relativamente às suas experiências, porém, não de modo frio e reservado, e sim com mansidão e bondade, encaminhando-se os recém-convertidos para o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo. As exigências do evangelho devem ser estudadas a fundo com os batizandos. TS2 393 2 Um ponto sobre o qual cumpre instruir os que abraçam a fé é o vestuário -- assunto que deve ser cuidadosamente considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa? Acariciam o orgulho de coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário. TS2 393 3 Cumpre não haver nenhum desleixo. Por amor de Cristo, cujas testemunhas somos, devemos apresentar exteriormente o melhor dos aspectos. No serviço do tabernáculo, Deus desceu a pormenores também no tocante ao vestuário dos que deviam oficiar perante Ele. Com isto nos ensinou que tem Suas preferências também quanto à roupa dos que O servem. Prescrições minuciosas foram por Ele dadas em relação à roupa de Arão, por ser esta simbólica. Do mesmo modo as roupas dos seguidores de Cristo devem ser simbólicas, pois que lhes compete representar a Cristo em tudo. O nosso exterior deve caracterizar-se a todos os respeitos pelo asseio, modéstia e pureza. O que, porém, a Palavra de Deus não aprova são as mudanças no vestuário pelo mero amor da moda -- a fim de nos conformarmos ao mundo. Os cristãos não devem enfeitar o corpo com vestidos custosos e adornos preciosos. TS2 394 1 As palavras das Escrituras Sagradas, referentes a vestidos, devem ser bem meditadas. Importa compreender o que seja agradável ao Senhor até em matéria de vestuário. Todos os que sinceramente buscam a graça de Cristo, hão de atender a essas preciosas instruções da Palavra divinamente inspirada. O próprio feitio da roupa há de comprovar a veracidade do evangelho. TS2 394 2 Todos os que estudam a vida de Cristo e praticam os Seus ensinos se hão de tornar semelhantes a Ele. Sua influência será idêntica à Sua, revelando santidade de caráter. Palmilhando a vereda humilde da obediência, pela submissão à vontade de Deus, exercerão uma influência que atestará o progresso de Sua obra e a saudável pureza da mesma. Nessas almas perfeitamente convertidas, o mundo terá um testemunho do poder santificador da verdade sobre o caráter humano. TS2 394 3 O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, manifestado pelo caráter, é muito mais de estimar do que tudo que existe no Céu e na Terra. Representa a mais elevada educação, sendo a chave que nos abre as portas do Céu. Deus quer que esse conhecimento seja o atributo de todos os que se revestirem de Cristo pelo batismo. É o dever dos servos de Deus representar a essas almas o privilégio de sua alta vocação em Cristo Jesus. A administração do rito TS2 395 1 Sempre que seja possível deve ministrar-se o batismo num tanque limpo ou em água corrente. Dê-se ao ato toda a importância e solenidade que ele comporta. Essa cerimônia é sempre assinalada pela presença de anjos de Deus. TS2 395 2 A pessoa encarregada de ministrar o batismo deve esforçar-se por celebrar o ato de modo a exercer este uma influência solene e sagrada sobre todos os espectadores. Cada rito da igreja deve ser executado dessa forma. Nada deve receber um feitio vulgar ou insignificante, ou ser reduzido ao nível das coisas triviais. Nossas igrejas necessitam ser educadas para maior respeito e reverência pelo culto divino. Conforme o ministro dirige os serviços relacionados com o culto divino, assim estará ele educando e preparando o povo. Pequeninos atos que educam, preparam e disciplinam a alma para a eternidade, são de vastas conseqüências na edificação e santificação da igreja. TS2 395 3 Cada igreja deve estar provida de roupas apropriadas para o batismo, nunca considerando isto como despesa inútil. Faz isto parte da obediência devida ao preceito que diz: "Faça-se tudo decentemente e com ordem." 1 Coríntios 14:40. TS2 395 4 Não convém que uma igreja se limite a tomar emprestadas essas roupas de alguma outra. Muitas vezes, quando tiver necessidade delas, não poderá obtê-las; por outro lado tem havido certa negligência na restituição dessas roupas. Cada igreja deve pois prover as suas próprias necessidades no tocante a isso. Crie-se um fundo para esse fim. Se toda a igreja concorrer para o mesmo, não será um encargo pesado. TS2 395 5 As roupas de batismo devem ser feitas de um tecido encorpado, de cor escura que não desbote com a água, convindo pôr peso na barra. É importante que assentem bem e sejam feitas segundo um molde aprovado. Não devem levar ornamento, nem rendas, nem enfeites. Qualquer exibição, seja de bordado ou qualquer outro enfeite, será descabida. Quando o candidato tem uma compreensão exata do que significa esse ato, não experimentará nenhum desejo de cobrir-se de adornos. Contudo, devemos evitar usar coisas desgraciosas e de mau gosto, pois isto seria uma ofensa a Deus. Tudo que de algum modo se relaciona com esse rito sagrado deve revelar cuidadoso preparo. Depois do batismo TS2 396 1 Os compromissos que assumimos no ato do batismo são assaz compreensivos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo fomos sepultados com Cristo na semelhança de Sua morte e com Ele ressuscitamos na de Sua ressurreição, a fim de andarmos em novidade de vida. Nossa vida está vinculada à de Cristo, e o crente deve lembrar-se de que daí por diante está consagrado a Deus, a Cristo e ao Espírito Santo. Todos os negócios deste mundo entram para segundo plano nesta sua nova posição. Publicamente confessa não querer continuar mais uma vida de vaidade e satisfação própria. Sua conduta deve deixar de ser descuidosa e indiferente. Contraiu aliança com Deus, e está morto para o mundo. Deve viver agora para o Senhor, dedicar-Lhe todas as faculdades de que dispõe, e não esquecer-se de que traz o sinal de Deus, de que é súdito do reino de Cristo e participante de Sua natureza divina. Cumpre-lhe entregar a Deus tudo quanto é e possui, usando todos os seus dons para glória de Seu nome. TS2 396 2 São recíprocos os compromissos assumidos pela aliança espiritual que celebramos mediante o batismo. O homem, cumprindo sua parte numa obediência tributada de coração, tem o direito de orar: "Ó Senhor,... manifeste-se hoje que Tu és Deus em Israel." O fato de que fomos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é uma garantia de que essas potências nos assistirão em todos os nossos apertos, quando quer que os invoquemos. O Senhor ouvirá as orações de Seus fiéis seguidores que levam o jugo de Cristo e com Ele aprendem a mansidão e humildade. TS2 397 1 "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da Terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus." Colossences 3:1-3. TS2 397 2 "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A Palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração. E quando fizerdes, por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai." Colossences 3:12-17. ------------------------Capítulo 54 -- A obra de temperança TS2 398 1 Cumpre-nos, em nossa obra, dar mais atenção à reforma da temperança. Todo dever que pede reforma, envolve arrependimento, fé e obediência. Isto significa o erguimento da alma a uma vida nova e mais nobre. Assim toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra da terceira mensagem angélica. A reforma da temperança requer nossa especial atenção e apoio. Devemos, em nossas reuniões campais, chamar a atenção para esta obra, tornando-a um assunto vivo. Precisamos apresentar ao povo os princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o compromisso de temperança. Importa dar cuidadosa atenção aos que se acham escravizados pelos maus hábitos. Cumpre-nos levá-los à cruz de Cristo. TS2 398 2 Nossas reuniões campais devem ter a cooperação de médicos. Para isso requerem-se homens de sabedoria e são discernimento, homens que respeitem o ministério da Palavra e não sejam vítimas da incredulidade. Esses homens são os guardiões da saúde do povo, e devem ser reconhecidos e respeitados. Eles devem dar instruções ao povo no que respeita aos perigos da intemperança. Esse mal terá de ser enfrentado mais ousadamente no futuro do que tem sido no passado. Os ministros e os médicos devem salientar os males da intemperança. Importa que ambos trabalhem no evangelho com poder, condenando o pecado e exaltando a justiça. Os ministros e médicos que não fazem apelos individuais ao povo, são remissos em seu dever. Falham no cumprimento da obra que Deus lhes designou. TS2 398 3 Há, noutras igrejas, cristãos que estão na defesa dos princípios da temperança. Devemos buscar aproximar-nos desses obreiros, abrindo caminho para que estejam conosco lado a lado. Devemos convidar grandes homens, homens bons, para secundarem nossos esforços em salvar o que se havia perdido. TS2 399 1 Caso a obra de temperança fosse levada avante por nós como foi iniciada trinta anos atrás; se em nossas reuniões campais expuséssemos diante do povo os males da intemperança no comer e no beber, e especialmente o mal das bebidas alcoólicas; uma vez que estas coisas fossem apresentadas em ligação com os sinais da próxima vinda de Cristo, haveria uma sacudidura entre o povo. Se mostrássemos zelo proporcional à importância das verdades de que estamos tratando, seríamos instrumento em salvar centenas, ou antes, milhares da ruína. TS2 399 2 Unicamente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esta espécie de ministério -- quantas almas, enfermas de dúvida e cansadas do mundanismo e desassossego, têm sido levadas ao grande Médico, que almeja salvar perfeitamente todos quantos se chegam a Ele. Cristo é um Salvador ressurgido, e há cura debaixo de Suas asas. TS2 399 3 Ao vermos os homens se dirigindo para os lugares onde se oferece o venenoso líquido que lhes destrói a razão, ao ver-lhes a alma periclitante, que estamos nós fazendo para os salvar? Nossa obra pelos tentados e caídos só terá êxito real à medida que a graça de Cristo remodele o caráter, e o homem seja posto em viva ligação com o infinito Deus. Tal é o desígnio de todo verdadeiro esforço em prol da temperança. Somos chamados a trabalhar com energia mais que humana, com o poder que reside em Jesus Cristo. Aquele que desceu a Se revestir de natureza humana é O que nos mostrará a maneira de dirigir a batalha. Cristo deixou em nossas mãos Sua obra, e temos de lutar com Deus, suplicando dia e noite o poder invisível. É simplesmente o apegar-nos a Ele, por Jesus Cristo, que trará a vitória. TS2 399 4 Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados, possuem uma influência poderosa. -- Testimonies for the Church 6:112 (1900). ------------------------Capítulo 55 -- Mulheres como obreiras evangélicas TS2 401 1 A obra iniciada para ajudar nossas irmãs a sentirem sua responsabilidade individual para com Deus, é boa e necessária. Por muito tempo tem ela sido negligenciada. O Senhor quer que acentuemos sempre o valor da alma humana aos que não lhe compreendem o valor. E quando esta obra é feita em linhas claras, simples, definidas, podemos esperar que os deveres domésticos, em vez de serem negligenciados, serão cumpridos muito mais inteligentemente. TS2 401 2 Caso possamos arranjar grupos efetivos, organizados, inteligentemente instruídos quanto ao trabalho que devem desempenhar como servas do Mestre, nossas igrejas terão uma vitalidade de que há muito necessitam. Será apreciada a excelência da alma por cuja salvação Cristo morreu. Nossas irmãs passam em geral dificuldades com sua família em crescimento e as suas provações sem que isto seja reconhecido. Tenho anelado tanto mulheres que se preparassem a fim de ajudar nossas irmãs a se erguerem acima de seus desânimos e sentirem que lhes é dado fazerem uma obra para o Senhor! Isto trará raios de sol a sua existência, raios que se refletirão na vida de outros. Deus abençoará a todos quantos se unirem a esta grande obra. TS2 401 3 Muitos jovens, bem como irmãs de mais idade, mostram-se tímidas no que respeita a conversas religiosas. Não apreciam suas oportunidades. Fecham as janelas da alma, as quais se deviam descerrar em direção ao Céu, e abrem-nas de par em par para Terra. Quando, porém, virem a excelência da alma humana, cerrarão essas janelas para a Terra, que mostra diversões e convívio mundanos na estultícia e no pecado, e abri-las-ão para o Céu, à contemplação das coisas espirituais. A Palavra de Deus deve constituir sua certeza, sua esperança e paz. Então, poderão dizer: "Receberei a luz do Sol da Justiça, para que ela possa irradiar para outros." TS2 402 1 Os mais bem-sucedidos obreiros, são aqueles que empreendem de bom ânimo a obra de servir a Deus nas coisas pequenas. Toda criatura humana tem de trabalhar com o fio de sua vida, tecendo-o na trama, a fim de ajudar a concluir o modelo. TS2 402 2 A obra de Cristo compôs-se em grande parte de conversas individuais. Ele tinha em grande apreço o auditório constituído de uma única alma. Daquela alma, saía para milhares o conhecimento recebido. Preparo no ajudar a outros TS2 402 3 Devemos educar os jovens em ajudar a juventude; e ao buscarem fazer esta obra, obterão uma experiência que os habilitará a tornarem-se consagrados obreiros em mais ampla esfera. Milhares de corações podem ser alcançados pela maneira mais simples e humilde. Os mais intelectuais, aqueles que são considerados e louvados como os homens e mulheres mais bem dotados do mundo, são muitas vezes refrigerados pelas palavras simples e emanadas do coração de uma pessoa que ama a Deus e pode falar desse amor com naturalidade, como os mundanos falam daquilo que seu espírito contempla e de que se nutre. Muitas vezes as palavras bem preparadas e estudadas, exercem pouca influência. Mas a expressão verdadeira, sincera, de um filho ou filha de Deus, emitida com natural simplicidade, abrirá a porta a corações por muito tempo cerrados. TS2 402 4 Ouvem-se, por toda parte ao nosso redor, os lamentos de uma dor mundial. O pecado impõe-nos sua sombra, e nosso espírito deve estar preparado para toda boa palavra, para toda boa obra. Sabemos que possuímos a presença de Jesus. A suave influência de Seu Santo Espírito, ensina e guia-nos os pensamentos, levando-nos a proferir palavras que iluminarão e alegrarão a estrada dos outros. Se podemos falar freqüentemente a nossas irmãs e, em vez de dizer: "Ide", levamo-las nós mesmos, a fazer como queremos fazer, a sentir como queremos sentir, haverá crescente apreciação do valor da alma humana. Somos discípulos, a fim de poder-nos tornar mestres. Este pensamento deve ser gravado na mente de todo membro de igreja. TS2 403 1 Cremos plenamente em organização de igreja; isto, porém, não deve prescrever a maneira exata em que devemos trabalhar, pois nem todos os espíritos são alcançados pelos mesmos métodos. Coisa alguma deve ter permissão de desviar o servo de Deus de seu semelhante. O crente individual deve trabalhar em benefício do pecador individual. Cada pessoa precisa manter ardendo sua própria lâmpada; e caso o óleo celeste seja passado a essas lâmpadas pelos tubos dourados; caso os vasos se esvaziem do próprio eu, e sejam preparados para receber o óleo santo, a luz será derramada na vereda do pecador, para algum desígnio. Mais luz será deitada no caminho de um errante por uma lâmpada assim, do que por toda uma procissão de tochas reunidas para exibição. A consagração pessoal a Deus e a santificação, trarão melhores resultados do que a mais imponente ostentação. TS2 403 2 Ensinai a nossas irmãs que, dia a dia, devem indagar: "Senhor, que queres que eu faça hoje?" Todo vaso consagrado transmitirá diariamente o santo óleo que nele é posto a outros vasos. Uma grande obra realizada TS2 403 3 Se a vida que vivemos aqui no mundo é inteiramente consagrada a Cristo, será uma vida de entrega diária. Ele terá o serviço voluntário, e cada alma é uma jóia Sua. Caso nos seja possível impressionar nossas irmãs com o pensamento do bem que lhes está ao alcance realizar mediante o poder de Cristo, veremos realizada uma grande obra. Se nos for dado despertar a mente e o coração para cooperar com o divino Obreiro, havemos de, mediante o trabalho que eles podem efetuar, obter grandes vitórias. O próprio eu, todavia, precisa ficar escondido; Cristo deve aparecer como o obreiro. TS2 403 4 Importa que haja um intercâmbio de tomar e dar, receber e comunicar. Isto nos liga como coobreiros de Deus. Eis a obra de toda a vida do cristão. O que perder sua vida, achá-la-á. TS2 404 1 A capacidade de receber do santo óleo das duas oliveiras aumenta à medida que o recebedor se esvazia desse santo óleo mediante a palavra e a ação, a fim de prover às necessidades de outras almas. Trabalho, precioso trabalho que satisfaz -- estar constantemente recebendo e comunicando sem cessar! TS2 404 2 Necessitamos, e precisamos receber nova provisão a cada dia. E quantas almas podemos nós ajudar transmitindo-lhes também! Todo o Céu espera condutos pelos quais possa fazer fluir o santo óleo, de maneira a ser uma alegria e uma bênção aos outros. Não receio que ninguém faça trabalho malfeito, uma vez que se torne um com Cristo. Se Ele habita em nós, trabalharemos contínua e solidamente, de modo que nossa obra permaneça. A plenitude divina fluirá através do agente humano consagrado, a fim de ser comunicada a outros. TS2 404 3 O Senhor tem uma obra para as mulheres, da mesma maneira que para os homens. Elas podem efetuar uma boa obra para Deus, caso aprendam primeiro na escola de Cristo a preciosa e todo-importante lição da mansuetude. Importa que não somente usem o nome de Cristo, mas que Lhe possuam o Espírito. Importa que andem como Ele andou, purificando a alma de tudo quanto contamine. Então serão de benefício aos outros, apresentando-lhes a completa suficiência de Jesus. TS2 404 4 As mulheres podem ocupar na obra o seu lugar, nesta crise, e o Senhor operará por intermédio delas. Caso se achem imbuídas do senso do dever, e trabalhem sob a influência do Espírito de Deus, serão senhoras de si mesmas como é necessário neste tempo. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz de Seu rosto, e isto lhes proporcionará um poder que ultrapassará o dos homens. Elas poderão efetuar nas famílias uma obra que eles não podem realizar, uma obra que atingirá a vida interior. Podem chegar bem perto do coração daqueles que os homens não podem atingir. Seu trabalho é necessário. TS2 405 1 A obra das mulheres está satisfazendo a uma positiva necessidade -- das mulheres que se consagraram ao Senhor e estão se voltando a ajudar um povo carecido, vítima do pecado. É preciso que se faça obra evangelística pessoal. As mulheres que empreendem essa obra, levam o evangelho aos lares do povo nos caminhos e valados. Lêem e explicam a Palavra às famílias, orando com elas, cuidando dos doentes, aliviando-lhes as necessidades temporais. Apresentam a famílias e indivíduos a influência purificadora, transformadora da verdade. Elas mostram que o meio de alcançar a paz e a alegria, é seguir a Jesus. TS2 405 2 Todos quantos trabalham para Deus, devem possuir um misto dos atributos de Marta e de Maria -- a boa vontade para servir e sincero amor pela verdade. O próprio eu e o egoísmo precisam ser perdidos de vista. Deus demanda fervorosas obreiras, prudentes, afetivas, ternas e fiéis aos princípios. Ele convida mulheres perseverantes, que tiram o pensamento de si mesmas e de seu interesse pessoal, concentrando-o em Cristo, proferindo palavras de verdade, orando com as pessoas às quais conseguem acesso, trabalhando pela conversão de almas. TS2 405 3 Oh! que desculpa temos, irmãs, para não devotar todo o tempo possível à pesquisa das Escrituras, tornando a mente um depósito de preciosidades a fim de apresentá-las aos que não se acham interessados na verdade? Hão de nossas irmãs erguer-se à altura da emergência? Trabalharão elas pelo Mestre? ------------------------Capítulo 56 -- O ensino da religião doméstica TS2 406 1 Os que levam a última mensagem de misericórdia ao mundo, devem sentir ser seu dever instruir os pais quanto à religião doméstica. O grande movimento reformatório deve começar com a apresentação, a pais, mães e filhos, dos princípios da Lei de Deus. Ao serem apresentadas as reivindicações da lei, e homens e mulheres se convencerem de seu dever de prestar obediência, mostrai-lhes a responsabilidade de sua decisão, não somente quanto a si mesmos, mas no que respeita a seus filhos. Mostrai que a obediência à Palavra de Deus é nossa única salvaguarda contra os males que estão assolando o mundo para destruição. Os pais estão dando aos filhos um exemplo, seja de obediência, seja de transgressão. Por seu exemplo e ensino, será, na maioria dos casos, decidido o destino de sua família. Na vida futura, os filhos serão o que seus pais os fizeram. TS2 406 2 Caso os pais fossem levados a seguir o resultado de suas ações, e pudessem ver como, por seu exemplo e ensino, eles perpetuam e aumentam o poder do pecado, ou o poder da justiça, certamente haveria uma mudança. Muitos haviam de romper o encantamento da tradição e do costume. TS2 406 3 Que os ministros insistam nisto diante da congregação. Forçai na consciência dos pais a convicção de seus solenes deveres, por tanto tempo negligenciados. Isto vencerá como nenhuma outra coisa, o espírito de farisaísmo e resistência à verdade. A religião no lar é nossa grande esperança, e ilumina a perspectiva da conversão de toda a família à verdade de Deus. ------------------------Capítulo 57 -- A parábola da ovelha perdida TS2 407 1 A parábola da ovelha perdida deve ser prezada como uma divisa em todo lar. O divino Pastor deixa as noventa e nove, e vai ao deserto em busca da que se perdeu. Há mato cerrado, há atoleiros, há perigosas cavidades nas rochas, e o Pastor sabe que, se a ovelha se encontra em qualquer desses lugares, é preciso que uma mão amiga a ajude a sair. Ao ouvir-lhe de longe o balido, afronta Ele toda e qualquer dificuldade a fim de salvar Sua ovelha perdida. Ao descobri-la não lhe dirige censuras. Alegra-Se simplesmente por havê-la encontrado com vida. Com mão firme e delicada ao mesmo tempo, afasta os espinhos ou tira-a do lamaçal; ergue-a ternamente e põe-na ao ombro, levando-a de volta ao redil. O puro e imaculado Redentor, conduz o pecaminoso, o impuro. TS2 407 2 O Portador do Pecado carrega a enlameada ovelha; tão precioso no entanto é o Seu fardo, que Se regozija, cantando: "Achei a Minha ovelha perdida." Lucas 15:6. Cada um de vós considere que, individualmente, fostes assim levados aos ombros de Cristo. Que ninguém alimente um espírito arrogante, um espírito de justiça própria e de crítica; pois ovelha alguma haveria jamais entrado no aprisco, não houvesse o Pastor empreendido a penosa busca no deserto. O fato de uma ovelha se haver perdido, foi suficiente para despertar a compaixão do Pastor, e compeli-Lo a ir em sua procura. TS2 407 3 Esta mancha de mundo foi cenário da encarnação e sofrimento do Filho de Deus. Cristo não foi a mundos não caídos, mas a este mundo, todo ressequido e arruinado pela maldição. Não era favorável a perspectiva, antes por demais desanimadora. Todavia, "não faltará nem será quebrantado, até que ponha na Terra o juízo". Isaías 42:4. Precisamos ter em mente a grande alegria manifestada pelo Pastor ao reaver a perdida. Convoca os Seus amigos: "Regozijai-vos comigo, porque já achei a Minha ovelha perdida." E o Céu inteiro ecoa a nota da alegria. O próprio Pai, com cânticos Se regozija pela salva. Que santo êxtase de júbilo é expresso nesta parábola! E dessa alegria tendes o privilégio de partilhar. TS2 408 1 Estais vós, que tendes ante os olhos este exemplo, cooperando com Aquele que anda buscando salvar o perdido? Sois vós colaboradores de Cristo? Não podeis, por amor dEle, suportar o sofrimento, o sacrifício e a provação? Há oportunidade de fazer bem às almas dos jovens e dos errantes. Se vedes alguém cujas palavras ou atitudes mostram estar ele separado de Deus, não o censureis. Não vos compete a obra de condená-lo, antes ponde-vos a seu lado a fim de o ajudar. Considerai a humildade de Cristo, Sua mansidão, e trabalhai como Ele trabalhava, coração pleno de santificada ternura. "Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as gerações de Israel, e elas serão o Meu povo. Assim diz o Senhor: O povo que escapou da espada achou graça no deserto; Israel mesmo, quando Eu o fizer descansar. Há muito que o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí." Jeremias 31:1-3. TS2 408 2 Para que trabalhemos como Cristo trabalhava, importa que o eu seja crucificado. É uma dolorosa morte; é, porém, vida, vida para a alma. "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é santo: Num alto e santo lugar habito, e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos." Isaías 57:15. ------------------------Capítulo 58 -- A necessidade de reforma educativa TS2 409 1 "E edificarão os lugares antigamente assolados e restaurarão os de antes destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração." "E chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar." Isaías 61:4; 58:12. Estas palavras da Inspiração apresentam aos crentes na verdade presente, a obra que ora deve ser feita na educação de nossas crianças e jovens. Ao vir ao mundo a verdade para os últimos dias, na proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, foi-nos mostrado dever-se introduzir na educação de nossos filhos uma diferente ordem de coisas; levou, porém, muito tempo o compreender as mudanças que se deviam fazer. TS2 409 2 Nossa obra é reformatória; e é desígnio de Deus que, mediante a excelência da obra feita em nossas instituições de ensino, seja chamada a atenção do povo para o grande e derradeiro esforço para salvar os que estão a perecer. A norma de educação em nossas escolas não deve ser abaixada. Importa erguê-la mais e mais alto, muito acima do nível em que ora se encontra; mas a educação ministrada não se deve limitar ao conhecimento dos compêndios. O estudo dos mesmos só por si, não pode dar aos alunos a disciplina de que necessitam, nem comunicar a verdadeira sabedoria. O objetivo de nossas escolas é prover lugares onde os membros mais jovens da família do Senhor, possam ser educados de acordo com o Seu plano de crescimento e desenvolvimento. TS2 409 3 Satanás tem empregado os métodos mais engenhosos para entretecer seus planos e princípios nos sistemas de educação, obtendo assim forte domínio na mente de crianças e jovens. A obra do verdadeiro educador é impedir-lhe os ardis. Achamo-nos sob solene e sagrado convênio com Deus para criar nossos filhos para Ele e não para o mundo; para ensinar-lhes que não dêem a mão ao mundo, mas amem e temam a Deus, e Lhe observem os mandamentos. Cumpre impressioná-los com o fato de serem criados à imagem de Seu Criador, e de Cristo ser o modelo segundo o qual devem ser afeiçoados. É preciso que se dê mui zeloso estudo à educação que comunicará o conhecimento da salvação, e conformará a vida e o caráter com a semelhança divina. É o amor de Deus, a pureza da alma entretecida na existência como fios de ouro, que são de verdadeiro valor. A altura que o homem pode assim atingir, ainda não foi devidamente avaliada. TS2 410 1 Para realização dessa obra, é preciso lançar-se amplo fundamento. Temos de introduzir um novo propósito e dar-lhe lugar, e os alunos precisam ser ajudados a aplicar os princípios bíblicos a tudo quanto fazem. Tudo o que está torcido, tudo o que se acha desviado da linha reta, tem de ser claramente indicado e evitado; pois é iniqüidade que se não deve perpetuar. É importante que todo professor ame e nutra sãos princípios e doutrinas, pois esta é a luz a refletir-se na senda dos alunos. A terceira mensagem angélica em nossas escolas TS2 410 2 No livro de Apocalipse, lemos acerca de uma obra especial que Deus deseja que Seu povo faça nestes últimos dias. Ele revelou Sua lei, e mostrou-nos a verdade para este tempo. Esta verdade desdobra-se constantemente, e é o desejo de Deus que sejamos inteligentes em relação a ela, para podermos distinguir entre o direito e o torto, a justiça e a injustiça. TS2 410 3 A terceira mensagem angélica, a grande verdade probante para nossos dias, deve ser ensinada em todas as nossas instituições. É desígnio de Deus que por meio destas, seja dada esta advertência especial, e irradiem para o mundo resplandecentes raios de luz. O tempo é breve. Acham-se sobre nós os perigos dos últimos dias, e cumpre-nos vigiar e orar, e estudar e dar ouvidos às lições que nos são dadas nos livros de Daniel e de Apocalipse. ... TS2 411 1 Havemos de comparecer diante de magistrados para responder por nossa lealdade para com a Lei de Deus, para dar a conhecer as razões de nossa fé. E os jovens devem compreender estas coisas. Devem saber o que há de vir a acontecer antes do encerramento da história terrestre. Estas coisas dizem respeito a nosso bem-estar eterno, e cumpre a professores e alunos dar-lhes mais atenção. Pela pena e pela palavra viva, importa comunicar conhecimentos que serão como alimento a tempo, não somente para os jovens, mas também aos de idade madura. ... TS2 411 2 Importa ser consumada a grande e magna obra de produzir um povo de caráter semelhante ao de Cristo, e que seja capaz de subsistir no dia do Senhor. Enquanto navegamos com a corrente do mundo, não necessitamos de velas, nem de remos. É quando nos voltamos completamente para ir de encontro à correnteza, que começam nossas lutas. Satanás introduzirá toda espécie de teorias para perverter a verdade. A obra irá com dificuldade, pois desde a queda de Adão tem sido costume do mundo pecar. ... TS2 411 3 Então, não se perca mais tempo demorando nas muitas coisas não essenciais e que não têm importância quanto às presentes necessidades do povo de Deus. Não se perca mais tempo em exaltar homens que não conhecem a verdade, "pois o tempo está às portas". Não há agora tempo para encher a mente de teorias do que se chama popularmente "educação superior". O tempo votado àquilo que não tende a tornar a alma semelhante a Cristo, é tempo perdido para a eternidade. Não nos podemos permitir isto, pois cada momento se acha pleno de interesses eternos. Agora, quando se acha prestes a começar a grande obra de julgar os vivos, deixaremos que se apoderem do coração ambições profanas, levando-nos a negligenciar a educação exigida para satisfazer as necessidades nesta época de perigo?... TS2 411 4 Sabemos que há muitas escolas que oferecem oportunidades para aquisição de conhecimentos em ciências, mas desejamos alguma coisa mais que isto. A ciência da verdadeira educação é a verdade, que deve ser tão profundamente gravada na alma que não se possa apagar pelo erro tão abundante em toda parte. A mensagem do terceiro anjo é verdade, luz e poder, e apresentá-la de tal maneira que cause as devidas impressões no coração, eis o que deve ser a obra de nossas escolas, bem como de nossas igrejas, do professor bem como do ministro. Os que aceitam o lugar de educadores, devem prezar mais e mais a vontade revelada de Deus, tão clara e impressivamente apresentada em Daniel e Apocalipse. O estudo da Bíblia TS2 412 1 As necessidades urgentes que se fazem sentir nesta época, exige contínua educação na Palavra de Deus. Isto é a verdade presente. Importa que haja em todo o mundo uma reforma no estudo da Bíblia, pois ela é agora mais necessária que nunca. À medida que essa reforma progredir, efetuar-se-á poderosa obra; quando Deus declarou que Sua Palavra não voltaria para Ele vazia, queria significar tudo quanto disse. O conhecimento de Deus e de Jesus Cristo "a quem Ele enviou", eis a mais alta educação, e ela cobrirá a Terra com sua maravilhosa luz, assim como as águas cobrem o mar. TS2 412 2 O estudo da Bíblia é especialmente necessário nas escolas. Os alunos devem estar arraigados e fundados na verdade divina. Sua atenção deve ser chamada, não para as asserções dos homens, mas para a Palavra de Deus. Acima de todos os outros livros, deve a Bíblia merecer nosso estudo, ela, o grande compêndio, a base de toda educação; e nossos filhos devem ser instruídos nas verdades que nela se encontram, a despeito de hábitos e costumes anteriores. Assim fazendo, professores e alunos encontrarão o tesouro escondido, a mais alta educação. TS2 412 3 As regras bíblicas devem servir de guia na vida diária. A cruz de Cristo, servir de tema, revelando as lições que precisamos aprender e praticar. Cristo tem de ser introduzido em todos os estudos, para que os alunos possam beber aí o conhecimento de Deus, e representá-Lo no caráter. Sua excelência, eis o que deve constituir nosso estudo no tempo como na eternidade. A Palavra de Deus, falada por Cristo no Velho e no Novo Testamentos, é o pão do Céu; mas muito do que é chamado ciência é como um prato de invenção humana, alimento adulterado; não é o verdadeiro maná. TS2 413 1 Na Palavra de Deus encontra-se inquestionável, inexaurível sabedoria -- sabedoria que se originou, não no finito, mas na mente infinita. Muito, porém, do que Deus revelou em Sua Palavra, é obscuro para os homens, porque as gemas da verdade acham-se enterradas sob o lixo da sabedoria e tradição humanas. Para muitos os tesouros da Palavra permanecem escondidos, porque não foram procurados com diligente perseverança, até que os áureos preceitos fossem compreendidos. A Palavra deve ser pesquisada a fim de purificar e preparar os que a recebem para se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. TS2 413 2 O estudo da Palavra de Deus deve tomar o lugar daqueles livros que têm induzido a mente ao misticismo, desviando-a da verdade. Seus princípios vivos, entretecendo-se em nossa existência, ser-nos-ão salvaguarda em provas e tentações; sua divina instrução é o único caminho para o êxito. À medida que sobrevierem provas a toda alma, haverá apostasias. Alguns se demonstrarão traidores, obstinados, altivos e cheios de presunção, e se desviarão da verdade, fazendo naufrágio da fé. Por quê? Porque não viveram "de toda a palavra que sai da boca de Deus". Eles não cavaram fundo, tornando firmes seus alicerces. Quando as palavras do Senhor por meio de Seus escolhidos mensageiros, lhes são trazidas, murmuram, achando que o caminho está sendo tornado demasiado estreito. No capítulo sexto de S. João, lemos acerca de alguns que se julgavam discípulos de Jesus mas que, ao ser-lhes apresentada a positiva verdade, ficaram desgostosos, e não andaram mais com Ele. Da mesma maneira esses discípulos superficiais também se desviarão de Cristo. TS2 414 1 Todo aquele que se converteu a Deus é chamado a crescer em aptidão pelo exercício de seus talentos; toda vara da Videira viva que não cresce, é cortada e lançada fora como lixo. Qual, então, será o caráter da educação ministrada em nossas escolas? Será ela em harmonia com a sabedoria deste mundo, ou segundo aquela sabedoria que vem do alto? Não despertarão os professores para sua responsabilidade neste assunto, vendo que a Palavra de Deus tenha maior lugar na instrução dada em nossas escolas? O preparo de obreiros TS2 414 2 Um dos grandes objetivos de nossas escolas é o preparo de jovens para se empenharem no serviço de nossas instituições, bem como nos vários ramos da obra do evangelho. O povo de toda parte precisa que a Bíblia seja aberta perante ele. Chegou o tempo, o importante tempo, em que o rolo do livro está sendo desdobrado diante do mundo pelos mensageiros de Deus. A verdade contida na primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, deve ir a toda nação, e tribo, e língua e povo; ela deve iluminar as trevas de todo continente e estender-se às ilhas do mar. Coisa alguma de invenção humana deve ter licença de retardar esta obra. Para que isto se consiga, necessitam-se talentos cultivados e consagrados; necessitam-se pessoas capazes de realizar obra excelente na mansidão de Cristo, porque o próprio eu nEle se acha escondido. Os neófitos não podem fazer aceitavelmente a obra de revelar os tesouros ocultos para enriquecer as almas nos bens espirituais. "Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo." "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade." 2 Timóteo 2:7, 15. Essa recomendação a Timóteo deve constituir uma força para toda família e escola, no que respeita à educação. TS2 414 3 Requerem-se diligentes esforços por parte de todos quantos se acham ligados a nossas instituições, não somente nossa escolas, mas também nossos sanatórios e casas publicadoras, a fim de habilitar homens, mulheres e jovens para se tornarem colaboradores de Deus. Os alunos devem ser ensinados a trabalhar inteligentemente nos ramos de atividade cristã, a apresentar caráter cristão nobre e elevado àqueles com quem estiverem em contato. As pessoas a cujo cargo se acha o preparo da mocidade em qualquer ramo de nossa obra, devem ser possuidoras de profundo senso do valor das almas. A menos que se abeberem largamente do Espírito Santo, o mau vigia suscitará circunstâncias desagradáveis. O educador deve ser sábio para discernir que, ao passo que a fidelidade e a bondade granjearão almas, não será assim com a aspereza. Palavras e atos arbitrários suscitam as piores paixões do coração humano. Se os homens e mulheres que professam ser cristãos não aprenderem a vencer o próprio temperamento mau e acriançado, como poderão esperar merecer respeito e honra? TS2 415 1 Que cuidado, então, não se deve exercitar na escolha de pessoas aptas para serem instrutoras, de modo que, não somente sejam fiéis no trabalho, mas manifestem o devido temperamento! Caso não sejam dignas de confiança, é preciso dispensá-las. Deus considera toda instituição responsável por qualquer negligência no estimular a bondade e o amor. Jamais se deve esquecer que o próprio Cristo Se acha à testa de nossas instituições. TS2 415 2 O que houver de melhor no talento ministerial deve ser usado no ensino de Bíblia em nossas escolas. Os que são escolhidos para essa obra, precisam ser acurados estudantes da Bíblia, e possuidores de profunda experiência cristã, sendo seu salário pago do fundo do dízimo. É desígnio de Deus que todas as nossas instituições sejam instrumentos em preparar e desenvolver obreiros de quem Ele não Se envergonhe, obreiros que possam ser enviados para fora como bem qualificados missionários a fim de realizar serviço para o Mestre; este objetivo, entretanto, não tem sido conservado em vista. Estamos, a muitos respeitos, muito atrás nesta obra, e o Senhor requer que manifestemos nisso um zelo infinitamente maior do que temos mostrado até aqui. Ele nos chamou do mundo, para que sejamos testemunhas de Sua verdade, e em todas as nossas fileiras, jovens de ambos os sexos devem ser preparados para posições de utilidade e influência. TS2 416 1 Há urgente demanda de obreiros no campo evangélico. Necessitam-se rapazes para essa obra; Deus os chama. Sua educação é de primeira importância em nossos colégios, e em caso algum deve ser passada por alto, ou considerada como coisa secundária. É de todo errado que os professores, por meio de sugestões quanto a outras carreiras, desanimem jovens que são aptos para uma boa obra no ministério. Os que apresentam dificuldades para impedir rapazes de se habilitarem para esse serviço, estão contrariando os planos de Deus, e terão de dar contas de sua atitude. Há entre nós mais que uma média de homens de capacidade. Se suas aptidões fossem exercitadas, teríamos vinte ministros onde agora possuímos um. TS2 416 2 Moços que visam entrar para o ministério, não devem gastar uma porção de anos apenas em se preparar. Os professores precisam compreender a situação, e adaptar o ensino às necessidades dessa classe, dando-lhes vantagens especiais para um rápido, se bem que compreensivo estudo dos ramos mais necessários no habilitá-los para sua obra. Este plano não tem sido seguido, no entanto. Bem pouca atenção se tem dispensado ao preparo dos rapazes destinados ao ministério. Não temos muitos anos para trabalhar, e os professores devem imbuir-se do Espírito de Deus e operar em harmonia com Sua vontade revelada, em vez de executar os próprios planos. Perdemos muito, cada ano, porque não damos ouvidos aos conselhos do Senhor sobre esses pontos. TS2 416 3 Enfermeiras missionárias devem receber em nossas escolas lições de médicos competentes, aprendendo, como parte de seu preparo, a maneira de combater as doenças e mostrar o valor dos remédios naturais. Esta obra é grandemente necessária. Cidades e vilas se acham embebidas no pecado e na corrupção moral; todavia existem Lós em toda Sodoma. O veneno do pecado está em operação no âmago da sociedade, e Deus pede reformadores que fiquem em defesa da lei estabelecida por Ele para reger o organismo físico. Ao mesmo tempo eles devem manter elevada norma no preparo da mente e na cultura do coração, a fim de que o Grande Médico possa cooperar com a mão ajudadora do homem em realizar uma obra de misericórdia e necessidade no alívio aos sofredores. TS2 417 1 Também é desígnio do Senhor que nossas escolas ministrem aos jovens um preparo que os habilite a ensinar em qualquer departamento da Escola Sabatina, ou a se desempenharem de responsabilidades em qualquer de seus encargos. Havíamos de ver diverso estado de coisas se uma porção de jovens consagrados se dedicassem ao trabalho da Escola Sabatina, esforçando-se por se habilitarem e depois instruírem outros quanto aos melhores métodos a serem empregados no levar almas a Cristo. Eis um ramo de trabalho que produz resultados. Professores missionários TS2 417 2 Os professores devem ser educados para a obra missionária. Há em toda parte portas abertas ao missionário, e não será possível fornecer obreiros de quaisquer dois ou três países para atender aos apelos. Além da educação dos que se hão de enviar de nossas associações mais antigas, como missionários, devem-se preparar pessoas em todas as partes do mundo para trabalharem por seus próprios patrícios e vizinhos; e é melhor e mais seguro para eles, o quanto possível, receberem esse preparo no campo em que hão de trabalhar. Raramente é preferível, tanto para o obreiro como para o avançamento da causa, que ele vá para terras distantes em busca de preparo. O Senhor quer que se tomem todas as providências possíveis para satisfazer essas necessidades; e se as igrejas estiverem alerta para suas responsabilidades, saberão como convém agir em qualquer emergência. TS2 417 3 Para suprir a necessidade de obreiros, Deus deseja que se estabeleçam centros educativos em diferentes países, onde se possam educar estudantes promissores nos ramos práticos de conhecimento e na verdade bíblica. Ao se empenharem essas pessoas no serviço, recomendarão a obra da verdade presente nos novos campos. Despertarão interesse entre os incrédulos, e ajudarão em salvar almas da servidão do pecado. Devem-se mandar os melhores professores aos vários países onde se vão estabelecer escolas, para promover a obra educativa. ------------------------Capítulo 59 -- Obstáculos à reforma TS2 419 1 Até certo ponto, a Bíblia tem sido introduzida em nossas escolas, e alguns esforços têm sido feitos em direção da reforma; é, porém, demasiado difícil adotarem-se os devidos princípios, depois de haver-se estado por tanto tempo habituado aos métodos populares. As primeiras tentativas para mudar os velhos costumes, trouxeram duras provas aos que queriam trilhar o caminho indicado por Deus. Cometeram-se erros, e houve grande prejuízo em resultado. Tem havido obstáculos cuja tendência é conservar-nos numa orientação comum, mundana, e impedir-nos de apoderar-nos dos verdadeiros princípios educacionais. Para o inconverso, que vê as coisas do baixo nível do egoísmo humano, da incredulidade e indiferença, os retos princípios e métodos têm parecido errôneos. TS2 419 2 Alguns professores e diretores apenas meio-convertidos, são pedras de tropeço para os outros. Concedem algumas coisas e fazem reformas pela metade; mas, ao vir maior conhecimento, recusam-se a avançar, preferindo trabalhar segundo as próprias idéias. Assim fazendo, colhem e comem daquela árvore de conhecimentos que coloca o humano acima do divino. "Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-O com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais." "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o." Josué 24:14, 15; 1 Reis 18:21. Estaríamos muito adiante da condição espiritual em que nos achamos, caso avançássemos segundo a luz que nos foi enviada. TS2 419 3 Ao serem advogados novos métodos, tantas indagações duvidosas têm sido apresentadas, tantos concílios reunidos para que se pudessem discernir todas as dificuldades, que os reformadores têm sido entravados, e alguns deixaram de insistir em reformas. Parecem impotentes para resistir à corrente de dúvidas e críticas. Foram relativamente poucos os que receberam o evangelho em Atenas, porque o povo nutria orgulho de sabedoria intelectual e mundana, e reputavam loucura o evangelho de Cristo. Mas "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens". Portanto "pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos; mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus". 1 Coríntios 1:25, 23, 24. TS2 420 1 Precisamos agora recomeçar novamente. Cumpre entrar nas reformas de alma, e coração e vontade. Os erros podem estar encanecidos pela idade; esta, porém, não torna o erro verdade, nem a verdade erro. Tempo demasiado têm os velhos costumes e hábitos sido seguidos. O Senhor quer que toda idéia falsa seja afastada de professores e alunos. Não estamos na liberdade de ensinar o que se coaduna com as normas do mundo ou da igreja, simplesmente por ser costume assim fazer. As lições ensinadas por Cristo devem servir de norma. O que o Senhor ensinou relativamente à instrução a ser ministrada nas nossas escolas, deve ser rigorosamente observado; pois caso não haja a alguns respeitos uma espécie de educação inteiramente diversa da que tem sido seguida em algumas de nossas escolas, não valeria a pena termos incorrido no ônus de compra de terras e construção de edifícios escolares. Popularidade mediante rebaixamento de normas TS2 420 2 Insistem alguns em que, se os ensinos religiosos forem tornados preeminentes em nossas escolas, estas se tornarão impopulares; que os que não pertencem à nossa fé não as patrocinarão. Muito bem; vão eles então a outras escolas, onde encontrarão um sistema educativo segundo os seus gostos. Com estas considerações, é desígnio de Satanás impedir a consecução do objetivo pelo qual nossas escolas foram estabelecidas. Entravadas por seus ardis, os diretores raciocinam segundo a maneira do mundo, copiam-lhe os planos e imitam-lhe os costumes. Muitos têm manifestado tanta falta de sabedoria do alto, que se unem com os inimigos de Deus e da verdade em prover entretenimentos mundanos para os alunos. Assim fazendo, trazem sobre si mesmos o desagrado de Deus, pois desencaminham a juventude e fazem obra para Satanás. Esta obra, com todos os seus resultados, terão de encontrar eles perante o tribunal de Deus. TS2 421 1 Os que seguem tal orientação, mostram que não podem merecer confiança. Uma vez o mal praticado, podem confessar seu erro; poderão, todavia, anular a influência que exerceram? Há de o "bem está" ser pronunciado sobre os que foram infiéis a seu legado? Esses obreiros infiéis não construíram sobre a Rocha eterna, e seu fundamento demonstrar-se-á areia movediça. Quando o Senhor exige de nós que sejamos distintos e diferentes, como podemos cobiçar popularidade ou buscar imitar os costumes e práticas do mundo? "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." Tiago 4:4. TS2 421 2 Abaixar as normas a fim de conseguir popularidade e aumento de número e fazer depois desse acréscimo motivo de regozijo, mostra grande cegueira. Fossem algarismos prova de êxito, e Satanás poderia reclamar a preeminência; pois neste mundo seus seguidores são grandemente mais numerosos. É o grau de poder moral que permeia a escola, o que lhe demonstra a prosperidade. É a virtude, a inteligência e a piedade dos que compõem nossas escolas, não seu número, que deve ser fonte de alegria e reconhecimento. Devem então nossas escolas se converter ao mundo e seguir-lhe os costumes e modas? "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que ... não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:1, 2. TS2 422 1 Os homens empregarão todos os meios para tornarem menos destacada a diferença entre os adventistas do sétimo dia e os observadores do primeiro dia da semana. Foi-me apresentado um grupo com o nome de adventistas do sétimo dia, o qual estava aconselhando que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto, não devia ser salientada de maneira tão chocante; pois pretendiam que esse não seria o melhor método para assegurar êxito a nossas instituições. Não estamos, porém, em tempo de arriar nossa bandeira, de nos envergonharmos de nossa fé. Esta distintiva bandeira, descrita nas palavras: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus", deve ser levada através do mundo até ao fim do tempo de graça. Ao passo que devem ser aumentados os esforços para avançarmos nos diferentes lugares, não devemos encobrir nossa fé para assegurar mais alunos. Cumpre que a verdade alcance as almas prestes a perecer; e caso ela seja de algum modo oculta, Deus é desonrado, e sobre nossas vestes se encontrará o sangue das almas. TS2 422 2 Enquanto os que se acham ligados a nossas instituições andarem humildemente diante de Deus, os seres celestes hão de cooperar com eles; conservem, porém, todos em mente que Deus disse: "Aos que Me honram honrarei." 1 Samuel 2:30. Nunca, por um momento, deve ser dada a ninguém a impressão de que lhe seria proveitoso ocultar sua fé e doutrinas ao povo incrédulo do mundo, temendo não ser tão altamente estimado se seus princípios forem conhecidos. Cristo exige de todos os Seus seguidores confissão aberta, varonil de sua fé. Cada um deve ocupar sua posição, e ser aquilo que Deus designa que ele seja, como espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens. Todo o Universo olha com inexprimível interesse para ver a obra final do grande conflito entre Cristo e Satanás. Todo cristão deve ser uma luz, não escondida sob um alqueire, ou debaixo da cama, mas posta no velador, para que a luz se comunique a todos quantos se acham na casa. Jamais, por covardia ou tática mundanas, deixeis que a verdade de Deus seja deixada para trás. ... TS2 423 1 A educação dada aos jovens molda toda a estrutura social. Por todo o mundo se acha em desordem a sociedade, tornando-se necessária uma transformação cabal. Muitos julgam que melhores aparelhamentos para educação, maior capacidade, e métodos mais modernos, operarão o ajustamento. Professam crer e aceitar a Palavra de Deus, e todavia lhe dão lugar inferior na grande estrutura da educação. Aquilo que devia estar em primeiro lugar é subordinado às invenções humanas. TS2 423 2 É tão fácil deixar-se levar pelos planos, métodos e costumes à maneira do mundo, sem dar mais atenção ao tempo em que vivemos, ou à grande obra a ser realizada, do que o fez o povo do tempo de Noé! Há constante perigo de que nossos educadores sigam os passos dos judeus, conformando-se com os costumes, as práticas e tradições não provindas de Deus. Com tenacidade e firmeza se apegam alguns aos velhos hábitos e ao amor de vários estudos não essenciais, como se sua salvação dependesse dessas coisas. Assim procedendo, desviam-se da obra especial de Deus, e dão aos alunos uma instrução deficiente e errônea. Os espíritos são desviados de um positivo "Assim diz o Senhor", que envolve interesses eternos para teorias e ensinos humanos. A verdade infinita e eterna, a revelação de Deus, é explicada em face de interpretações humanas, quando unicamente o poder do Espírito Santo pode revelar as coisas espirituais. A sabedoria humana é loucura; pois lhe falta o todo das providências de Deus, que visam a vida eterna. TS2 423 3 Os reformadores não são demolidores. Jamais procurarão arruinar os que se não conformam com seus planos e não se lhes assemelham. Os reformadores precisam avançar, não recuar. Cumpre-lhes ser decididos, firmes, resolutos, inflexíveis; mas a firmeza não deve degenerar em espírito dominador. É desejo de Deus que todos quantos O servem sejam firmes como a rocha no que diz respeito a princípios, mas mansos e humildes de coração, como era Cristo. Então, permanecendo em Cristo poderão realizar a obra que Ele faria se estivesse em seu lugar. Um espírito rude e condenador não é essencial ao heroísmo nas reformas para este tempo. Todos os métodos egoístas no serviço de Deus, são uma abominação aos Seus olhos. ------------------------Capítulo 60 -- O caráter e a obra do professor TS2 425 1 A obra feita em nossas escolas não deve ser como a que se faz nos colégios e seminários do mundo. Na grande obra da educação, a instrução nas ciências não deve ser de caráter inferior, mas deve ser considerado de primeira importância o conhecimento que habilitará um povo a subsistir no grande dia da preparação de Deus. Nossas escolas têm de assemelhar-se mais às dos profetas. Devem ser escolas de preparo missionário, onde os alunos sejam postos na disciplina de Cristo e aprendam do Grande Mestre. Escolas familiares, em que cada aluno seja objeto de especial auxílio de seus professores, como os membros da família devem receber no próprio lar. Brandura, simpatia, união e amor devem ser nutridos aí. Importa haver professores abnegados, cheios de dedicação, fiéis; professores que sejam constrangidos pelo amor de Deus e que, coração possuído de ternura, tenham cuidado da saúde e do bem-estar dos alunos. Cumpre-lhes ter como objetivo o fazer os estudantes progredirem em todo ramo essencial de conhecimento. TS2 425 2 Professores sábios devem ser escolhidos para nossas escolas, daqueles capazes de sentir diante de Deus a responsabilidade de impressionar a mente com a necessidade de conhecer a Cristo como um Salvador pessoal. Desde o mais alto ao mais baixo grau, devem manifestar cuidado especial pela salvação dos alunos e, mediante esforço pessoal, buscar dirigir-lhes os pés nas veredas retas. Olhem eles compassivamente os que foram mal educados na infância, e busquem remediar defeitos, que, se conservados, hão de prejudicar grandemente o caráter. Ninguém pode realizar essa obra, a menos que primeiro haja aprendido na escola de Cristo o modo de ensinar. TS2 425 3 Todos quantos ensinam em nossas escolas, devem estar em íntima comunhão com Deus, e ter cabal conhecimento de Sua Palavra, a fim de porem sabedoria e conhecimentos divinos na obra de educar a juventude para utilidade nesta vida, e para a outra, futura e imortal. Precisam ser homens e mulheres que não somente possuem certo conhecimento da verdade, mas que são observadores da Palavra de Deus. "Está escrito", eis o que devem exprimir por palavras e obras. Por sua própria maneira de viver devem ensinar simplicidade e correção de hábitos em tudo. Nenhum homem ou mulher deve estar ligado com nossas escolas como educador, a não ser que tenha demonstrado obediência à palavra do Senhor. TS2 426 1 O diretor e os professores necessitam ser batizados com o Espírito Santo. A fervorosa oração de almas contritas será acolhida pelo trono, e Deus atenderá a essas súplicas ao tempo por Ele designado, uma vez que nos apeguemos a Seu braço pela fé. Que o próprio eu seja imerso em Cristo, e Cristo em Deus, e haverá tal manifestação de Seu poder, que abrandará e empolgará os corações. Cristo ensinava de maneira inteiramente diversa dos métodos ordinários, e cumpre-nos ser colaboradores Seus. TS2 426 2 Ensinar quer dizer muito mais do que muitos supõem. Requer grande habilidade o fazer a verdade compreendida. Por isto todo professor se deve esforçar para possuir crescente conhecimento da verdade espiritual, mas não o pode obter enquanto se divorcie da Palavra de Deus. Caso ele queira ter suas faculdades e aptidões em diário progresso, precisa estudar; cumpre-lhe comer e digerir a Palavra, e trabalhar à maneira de Cristo. A alma nutrida pelo pão da vida, terá toda faculdade revigorada pelo Espírito de Deus. Esta é a comida que permanece para a vida eterna. TS2 426 3 Os professores que aprenderem do Grande Mestre, experimentarão o auxílio de Deus, como aconteceu com Daniel e seus companheiros. Eles precisam ascender em direção ao Céu, em vez de permanecerem na planície. A experiência cristã deve estar aliada a toda verdadeira educação. "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo." 1 Pedro 2:5. Professores e alunos devem ponderar esta descrição a ver se pertencem à classe que, mediante a abundante graça concedida, estão obtendo a experiência que todo filho de Deus precisa ter antes de poder entrar em uma classe superior. Em todo ensino que comunicam, os professores devem transmitir luz do trono de Deus; pois a educação é uma obra cujo efeito se manifestará pelos incessantes séculos da eternidade. TS2 427 1 Os professores devem induzir os alunos a pensar, e a entender claramente a verdade por si mesmos. Não basta ao mestre explicar, ou ao aluno crer; cumpre suscitar o espírito de investigação, e o aluno ser atraído a enunciar a verdade em sua própria linguagem, tornando assim evidente que lhe vê a força e faz a aplicação. Por trabalhosos esforços, as verdades vitais devem assim ser gravadas no espírito. Talvez isto seja um processo lento; é, porém, mais valioso do que passar correndo sobre assuntos importantes, sem a devida consideração. Deus espera que Suas instituições ultrapassem as do mundo; pois são representantes Suas. Os homens verdadeiramente ligados a Deus, revelarão ao mundo achar-se ao leme um agente mais que humano. TS2 427 2 Nossos professores precisam aprender constantemente. Os reformadores necessitam reformar-se por sua vez, não somente em seus métodos de trabalho, mas no próprio coração. Precisam ser transformados pela graça de Deus. Quando Nicodemos, grande mestre em Israel, foi ter com Jesus, o Mestre expôs-lhe as condições de vida divina, ensinando-lhe o próprio alfabeto da conversão. Nicodemos perguntou: "Como pode ser isso?" "Tu és mestre em Israel, e não sabes isto?" respondeu-lhe Cristo. Esta pergunta podia ser feita a muitos que ocupam agora posição de mestres, mas que negligenciaram o preparo essencial que os habilitaria para essa obra. Se as palavras de Cristo fossem recebidas na alma, então haveria muito maior inteligência, e muito mais profundo conhecimento espiritual do que constitui um discípulo, um sincero seguidor de Cristo, e um educador a quem Ele pode aprovar. Deficiências dos professores TS2 428 1 Muitos de nossos professores têm bastante a desaprender, e outro tanto, de diverso caráter, a aprender. A menos que sejam voluntários em fazer isto -- a menos que se tornem inteiramente familiarizados com a Palavra de Deus e sua mente se absorva no estudo das gloriosas verdades concernentes à vida do Grande Mestre -- estimularão os próprios erros que o Senhor está buscando corrigir. Planos e opiniões que não devem ser nutridos, gravar-se-ão na mente e, em toda sinceridade, eles chegarão a conclusões errôneas e perigosas. Assim semear-se-ão sementes que não são genuínas. Muitos costumes e práticas comuns no trabalho escolar, e que podem ser considerados como coisas sem importância, não podem ser agora introduzidos em nossas escolas. Talvez seja difícil aos professores abandonarem idéias e métodos longamente cultivados; mas se eles indagarem sincera e humildemente a cada passo: "É este o caminho do Senhor?" e se submeterem a Sua direção, Ele os conduzirá por caminhos seguros, e suas idéias se mudarão pela experiência. TS2 428 2 Os professores em nossas escolas precisam investigar as Escrituras, até compreendê-las por si mesmos, abrindo o coração aos preciosos raios de luz que Deus deu, e neles andando. Serão então ensinados por Deus, e trabalharão em sentido inteiramente diverso, introduzindo na instrução que ministram menos das teorias e sentimentos dos homens que nunca tiveram ligação com Deus. Honrarão incomparavelmente menos a sabedoria finita, e sentirão profunda fome de alma pela sabedoria que de Deus provém. TS2 428 3 À pergunta dirigida por Cristo aos doze: "Quereis vós também retirar-vos?" Pedro respondeu: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que Tu és o Cristo, o Filho de Deus." João 6:67-69. Quando os professores levarem essas palavras para a obra de suas salas de aula, o Espírito Santo estará presente para fazer com que elas operem em mentes e corações. ------------------------Capítulo 61 -- Palavras de um instrutor celeste TS2 429 1 Durante a noite, eu me achava em um grande grupo, em que o espírito de todos os presentes estava sendo agitado com o assunto da educação. Muitos apresentavam objeções a que se mudasse a espécie da educação há tanto tempo em voga. Alguém, que de há muito tem sido nosso instrutor, falava ao povo. Dizia: "O assunto da educação deve interessar a todo o corpo de adventistas do sétimo dia. As decisões referentes ao caráter de nossa obra escolar não devem ser de todo deixadas aos diretores e professores." TS2 429 2 Alguns insistiam fortemente quanto ao estudo de autores incrédulos, e recomendavam os próprios livros condenados pelo Senhor e que, portanto, não devem de maneira alguma ser sancionados. Depois de muita conversa e discussão fervorosas, nosso Instrutor adiantou-Se e, segurando livros que haviam sido defendidos com ardor como sendo essenciais a uma educação mais elevada, disse: "Achais nesses autores sentimentos e princípios que façam de todo seguro colocá-los nas mãos dos alunos? O espírito humano é facilmente fascinado pelas mentiras de Satanás; e estas obras produzem desinteresse pela contemplação da Palavra de Deus, a qual, caso seja recebida e apreciada, assegurará vida eterna ao que a recebe. Vós sois frutos do hábito, e deveis lembrar que os bons hábitos, são bênçãos, tanto em seu efeito sobre vosso caráter, como em sua influência para o bem nos outros; os maus hábitos, porém, uma vez estabelecidos, exercem poder despótico, escravizando o espírito. Se nunca houvésseis lido uma palavra nesses livros, estaríeis hoje incomparavelmente mais capazes de compreender aquele Livro que, acima de todos os outros, é digno de ser estudado, e que dá as únicas idéias corretas acerca da educação superior. TS2 430 1 "O fato de haver sido costume introduzir esses autores entre vossos compêndios, e que esse costume haja encanecido pelos anos, não é nenhum argumento em seu favor. O longo uso não recomenda necessariamente tais livros como livres de perigo ou essenciais. Esses livros têm levado milhares aonde Satanás levou Adão e Eva -- à árvore da ciência de que Deus lhes proibira comer. Eles têm induzido alunos a abandonar o estudo das Escrituras por uma espécie de estudo que não é essencial. Caso os alunos assim educados devam ser aptos para trabalhar em prol de almas, terão de desaprender muito do que aprenderam. Verificarão que isto será um processo difícil; pois as idéias objetáveis se haverão arraigado em seu espírito como as ervas ruins em um jardim, de modo que alguns jamais serão capazes de discernir entre o direito e o torto. O bem e o mal se haverão mesclado em sua educação. Foram exaltados os homens para que os contemplassem, suas teorias glorificadas; de modo que, ao buscarem ensinar a outros, a pequena verdade que podem repetir se acha entremeada de opiniões, ditos e feitos humanos. As palavras de homens que demonstram não possuir conhecimento prático de Cristo, não devem ter lugar em nossas escolas. Servirão de obstáculo à verdadeira educação. TS2 430 2 "Vós tendes a Palavra do Deus vivo, e pedindo, podereis possuir o dom do Espírito Santo para tornar essa Palavra um poder para os que crêem e obedecem. A obra do Espírito Santo é guiar em toda a verdade. Quando dependerdes, de espírito, alma e coração, da palavra do Deus vivo, os condutos de comunicação estarão desobstruídos. O estudo profundo e sincero da Palavra, sob a guia do Espírito Santo, proporcionar-vos-á o fresco maná, e o mesmo Espírito tornará seu uso eficaz. O esforço feito pelos jovens a fim de disciplinar a mente em busca de elevados e santos ideais, será recompensado. Os que se esforçam perseverantemente neste sentido, aplicando a mente à tarefa de compreender a Palavra de Deus, acham-se habilitados a ser colaboradores de Deus. TS2 430 3 "O mundo reconhece como mestres alguns a quem o Senhor não pode recomendar como instrutores dignos de confiança. Por estes é a Bíblia desdenhada, e recomendadas as produções dos autores incrédulos, como se contivessem os sentimentos que convém entretecer no caráter. Que podeis esperar dessa espécie de semeadura? No estudo desses livros objetáveis, a mente dos professores, juntamente com a dos alunos, vem a corromper-se, e o inimigo semeia seu joio. Não pode ser de outro modo. Bebendo de uma fonte impura, introduzimos veneno no organismo. Os jovens inexperientes que são levados nessa direção de estudo, recebem impressões que lhes dirigem os pensamentos a caminhos fatais à piedade. Jovens mandados a escolas nossas, têm aprendido de livros julgados sãos, porque eram usados e recomendados nas escolas do mundo. Mas dessas escolas mundanas assim seguidas, muitos alunos têm saído incrédulos em razão do estudo desses próprios livros. TS2 431 1 "Por que não tendes exaltado a Palavra de Deus acima de toda produção humana? Não basta porventura manter-se achegado ao Autor de toda verdade? Não ficais satisfeitos de tirar água pura das correntes do Líbano? Deus possui fontes vivas com que refrigerar a alma sedenta, e depósitos de precioso mantimento com que revigorar a espiritualidade. Aprendei dEle, e habilitar-vos-á a dar aos que pedirem uma razão da esperança que há em vós. Acaso pensais que um melhor conhecimento daquilo que o Senhor disse teria efeito deletério sobre professores e alunos?" TS2 431 2 Fez-se silêncio na assembléia e a convicção apoderou-se de cada coração. Homens que se haviam julgado sábios e fortes, viram que eram fracos e faltos do conhecimento daquele Livro que interessa ao destino eterno da alma humana. TS2 431 3 O mensageiro de Deus tomou então das mãos de vários professores os livros que tinham estado usando como compêndios, alguns dos quais escritos por autores infiéis e continham sentimentos do mesmo gênero, e pô-los de parte, dizendo: "Nunca houve em vossa vida tempo em que o estudo desses livros vos fosse benéfico e de progresso no presente, ou para vosso bem futuro e eterno. Por que encheis vossas estantes de livros que vos afastam a mente de Cristo? Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? Cristo vos pede: 'Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração.' Necessitais de comer do Pão da Vida, que desceu do Céu. Precisais ser mais diligentes estudantes das Santas Escrituras, e beber da Fonte viva. Sorvei, sorvei de Cristo em fervente oração. Alcançai dia a dia experiência em comer da carne e beber do sangue do Filho de Deus. Os autores humanos jamais vos poderão suprir a grande necessidade para este tempo; mas contemplando a Cristo, autor e consumador de vossa fé, sereis transformados à Sua semelhança." TS2 432 1 Colocando a Bíblia nas mãos deles, continuou: "Pouco conhecimento tendes deste livro. Não conheceis as Escrituras nem o poder de Deus, nem entendeis a profunda importância da mensagem a ser levada a um mundo agonizante. O passado mostra que tanto professores como alunos conhecem bem pouco do que concerne às assombrosas verdades que são assuntos vivos para o tempo atual. Fosse a terceira mensagem angélica proclamada em todos os aspectos a muitos que ocupam posição de educadores, e não seria compreendida por eles. Tivésseis vós o conhecimento que provém de Deus, todo o vosso ser proclamaria a verdade do Deus vivo ao mundo morto em ofensas e pecados. Mas livros e revistas que pouco encerram da presente verdade são exaltados, e os homens estão-se tornando demasiado sábios para seguir um 'Assim diz o Senhor'. TS2 432 2 "O único verdadeiro Deus deve ser exaltado por todo professor em nossas escolas, mas muitos atalaias se acham adormecidos. São como o cego que conduz outro cego. Todavia o dia do Senhor está mesmo às portas. Vem a passos furtivos como o ladrão, e encontrará desapercebidos todos os que não estão vigilantes. Quem, entre nossos professores, está alerta e como mordomo fiel da graça de Deus, dando à trombeta um sonido certo? Quem está proclamando a mensagem do terceiro anjo, chamando o mundo a preparar-se para o grande dia de Deus? A mensagem que apresentamos tem o selo do Deus vivo." TS2 433 1 Apontando para a Bíblia, Ele disse: As Escrituras do Velho e do Novo Testamentos devem ser unidas na obra de preparar um povo para subsistir no dia do Senhor. Aproveitai diligentemente vossas oportunidades de hoje. Tornai a Palavra do Deus vivo o vosso compêndio. Caso isto houvesse sido sempre feito, alunos hoje perdidos para a causa de Deus seriam agora missionários. Jeová é o único Deus verdadeiro, e deve ser reverenciado e adorado. Os que respeitam as palavras de autores incrédulos e levam os alunos a considerar esses livros como essenciais em sua educação, diminuem sua fé em Deus. O tom, o espírito, a influência desses livros são deletérios aos que deles dependem quanto ao conhecimento. Tem-se exercido sobre os alunos influências que os levaram a desviar os olhos de Cristo, a luz do mundo, e os anjos maus se regozijam de que os que professam conhecer a Deus O neguem como Ele tem sido negado em nossas escolas. O Sol da Justiça tem brilhado sobre a igreja para dissipar as trevas e chamar a atenção do povo de Deus ao preparo essencial aos que devem brilhar como luzes no mundo. Os que recebem essa luz, compreendê-la-ão; os que a não recebem, andarão em trevas, não sabendo em que tropeçam. A alma nunca se acha em segurança a menos que esteja sob a guia divina. Então, será conduzida a toda a verdade. A Palavra de Cristo cairá com poder vivo sobre os corações obedientes; e mediante a aplicação da verdade divina, reproduzir-se-á a perfeita imagem de Deus, e se dirá no Céu: 'E estais perfeitos nEle.'" Colossences 2:10. TS2 433 2 Em caso algum deve ser permitido que os alunos tenham tantos estudos que sejam impedidos de assistir aos serviços religiosos. ------------------------Capítulo 62 -- Internatos escolares TS2 434 1 Para cursarem nossos colégios, muitos jovens são separados das influências do círculo doméstico, próprias para abrandar e enternecer. Exatamente ao tempo em que necessitam de vigilante fiscalização, são retirados das restrições da influência paternal e de sua autoridade, sendo lançados no convívio de grande número de outros da mesma idade, de hábitos e caráter diversos. Alguns desses receberam em criança bem pouca disciplina, e são superficiais e frívolos; outros foram demasiado refreados e sentiram quando longe das mãos que lhes seguravam as rédeas do controle talvez um tanto apertadas demais, que eram livres para fazer como lhes aprouvesse. Desprezam só o pensar em restrição. Por essas associações, são demasiadamente acrescidos os perigos dos jovens. TS2 434 2 Nossos internatos foram estabelecidos a fim de nossos jovens não serem levados a flutuar daqui para ali, e serem expostos às más influências que abundam em toda parte; mas para que, o quanto possível, se proveja uma atmosfera doméstica em que sejam preservados de tentações à imoralidade, e sejam encaminhados a Jesus. A família do Céu representa aquilo que a terrena devia ser; e nossos internatos, onde se reúnem jovens em busca de preparo para o serviço de Deus, devem-se aproximar o quanto possível do modelo divino. TS2 434 3 Os professores colocados à testa desses lares, assumem sérias responsabilidades; pois devem desempenhar o papel de pais e mães, mostrando interesse nos alunos, em cada um, da mesma maneira que os pais mostram nos filhos. Os variáveis elementos que compõem o caráter da mocidade com quem são chamados a lidar, trazem sobre eles cuidado e pesadas responsabilidades, e requer-se grande tato bem como muita paciência para equilibrar na devida direção mentes torcidas por uma orientação errônea. Os professores precisam de grande capacidade administrativa; cumpre-lhes ser leais aos princípios, e todavia sábios e brandos, aliando o amor e a simpatia cristã com a disciplina. Devem ser homens e mulheres de fé, de sabedoria e oração. Não devem manifestar uma dignidade severa, inflexível, mas associarem-se com a juventude, identificando-se com eles em suas alegrias e dores, bem como em sua diária rotina de trabalho. A obediência prestada com alegria e amor, será em geral o fruto de tal esforço. Deveres domésticos TS2 435 1 A educação que um rapaz ou uma moça que cursa nossos colégios devia receber na vida doméstica, é merecedora de especial atenção. É de grande importância na obra da formação do caráter, que alunos que estão em nossos colégios sejam ensinados a desempenhar-se do trabalho que lhes é designado, afastando toda tendência a ser negligentes. Eles precisam familiarizar-se com os deveres da vida diária. Devem ser ensinados a cumprir seus deveres domésticos cabalmente e bem, com o mínimo de ruído e confusão possível. Tudo deve ser feito decentemente e com ordem. A cozinha e todas as outras partes do edifício devem ser mantidas agradáveis e limpas. Os livros sejam postos de lado até o tempo próprio, e não tomem mais estudos do que os que possam ser atendidos sem prejudicar os deveres domésticos. O estudo dos livros não deve absorver a mente a tal ponto que se negligenciem os deveres domésticos de que depende o conforto da família. TS2 435 2 No cumprimento desses deveres, importa vencer os hábitos descuidados, negligentes e desordenados; pois a menos que sejam corrigidos, tais hábitos serão levados para todos os aspectos da vida, e esta será arruinada para a utilidade, para o verdadeiro trabalho missionário. A menos que sejam corrigidos com perseverança e resolução, eles vencerão o aluno para o tempo e a eternidade. Os jovens devem ser estimulados a formar hábitos corretos no vestir, de modo a que sua aparência seja alinhada e atrativa; ensine-se-lhes a conservar as roupas limpas e bem remendadas. Todos os seus hábitos devem ser de molde a torná-los um auxílio e um conforto aos outros. TS2 436 1 Foram dadas direções especiais às hostes dos filhos de Israel para que, ao redor de suas tendas, tudo estivesse limpo e em ordem para que o anjo do Senhor não passasse pelo meio do acampamento e visse desasseio. Seria o Senhor tão exigente que notasse essas coisas? Seria; pois é declarado que, vendo Ele a imundície do povo não poderia sair com seus exércitos a batalhar contra os inimigos deles. De igual modo todas as nossas ações são notadas por Deus. Aquele Deus que requeria que os filhos de Israel crescessem com hábitos de limpeza, não sancionará qualquer impureza no lar hoje. TS2 436 2 Deus confiou aos pais e professores a obra de educar as crianças e os jovens nessas direções, e em todos os atos de sua vida podem ser-lhes ensinadas lições espirituais. Enquanto são exercitados em hábitos de asseio, devemos ensinar-lhes que Deus deseja que sejam limpos de coração, da mesma maneira que de corpo. Enquanto varrem um aposento, podem aprender como o Senhor purifica o coração. Eles não fechariam portas e janelas e deixariam no aposento alguma substância purificadora, mas abririam as portas e as janelas de par em par, expelindo o pó com toda a diligência. Assim as janelas do impulso e sentimento se devem abrir em direção ao Céu, e o pó do egoísmo e terrenidade deve ser expelido. A graça de Deus precisa varrer as câmaras da mente, e todo elemento da natureza ser purificado e vivificado pelo Espírito de Deus. A desordem e desasseio nos deveres diários levarão ao esquecimento de Deus e a manter uma forma de piedade numa profissão de fé, havendo perdido a realidade. Cumpre-nos vigiar e orar, do contrário andaremos num mundo imaginário e perderemos o real. TS2 436 3 Uma fé viva, qual fios de ouro, deve entretecer-se na experiência diária, no cumprimento dos pequeninos deveres. Então os alunos serão levados a compreender os puros princípios que Deus designa que impulsionem todos os atos de sua vida. Então todo o trabalho diário será de tal natureza que promova o desenvolvimento cristão. Os princípios vitais da fé, da confiança e amor para com Jesus penetrarão os mínimos pormenores da vida diária. Os olhos estarão postos em Jesus, e o amor para com Ele será o motivo constante, dando força vital a todo dever empreendido. Haverá esforço na perseguição da justiça, uma esperança que "não envergonha". Tudo quanto for feito, sê-lo-á para a glória de Deus. TS2 437 1 A todo aluno no lar, desejo dizer: Sede fiéis aos deveres domésticos. Sede fiéis no desempenho das pequenas responsabilidades. Sede um cristão verdadeiramente vivo no lar. Deixai que os princípios cristãos vos governem o coração e rejam a conduta. Dai ouvidos a toda sugestão feita pelo professor, mas não deixeis que se torne uma necessidade que vos digam sempre o que deveis fazer. Discerni por vós mesmos. Observai por vós mesmos se tudo em vosso quarto está impecavelmente limpo e em ordem, de modo que coisa alguma aí seja ofensiva a Deus, mas que, ao passarem os santos anjos por vosso aposento, sejam atraídos a se demorar, atraídos pelo asseio e a ordem que aí reinam. Cumprindo pronta, esmerada e fielmente vossos deveres, sois missionários. Sois testemunha de Cristo. Mostrais que a religião de Cristo não vos torna, seja em princípio, seja na prática, desalinhados, vulgares, desrespeitosos para com vossos professores, pouco atenciosos para com seus conselhos e instruções. A religião bíblica, quando praticada, tornar-vos-á bondosos, considerados, fiéis. Não negligenciareis as pequeninas coisas que devem ser feitas. Adotai como divisa as palavras de Cristo: "Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito." A sociabilidade e cortesia cristã TS2 437 2 A sociabilidade cristã é na verdade bem pouco cultivada pelo povo de Deus. Este ramo de educação não deve ser negligenciado ou perdido de vista em nossas escolas. TS2 437 3 Aos alunos deve ser ensinado que eles não são átomos independentes, mas que cada um é um fio que se deve unir a outros fios na composição de um tecido. Em nenhum departamento pode essa instrução ser ministrada com mais eficácia, do que na escola doméstica. Aí se acham os alunos diariamente circundados de oportunidades que, se forem aproveitadas, ajudarão grandemente no desenvolvimento dos traços de caráter a formarem. Está no poder deles próprios aproveitarem de tal maneira seu tempo e oportunidades que formem um caráter que os torne úteis e felizes. Os que se encerram em si mesmos, que são avessos a se desdobrarem para beneficiar os outros mediante amigável convívio, perdem muitas bênçãos; pois mediante o contato mútuo os espíritos são polidos e refinados; por meio do intercâmbio social formam-se relações e amizades que dão em resultado certa unidade de coração e uma atmosfera de amor que agradam ao Céu. TS2 438 1 Os que provaram o amor de Cristo, em especial, devem desenvolver aptidões sociais, pois dessa maneira podem ganhar almas para o Salvador. Cristo não deve ficar oculto no coração deles, encerrado como cobiçado tesouro, sagrado e aprazível, a ser desfrutado apenas por eles próprios; tão pouco deve o amor de Cristo ser manifestado unicamente para com aqueles que lhes agradam à fantasia. Cumpre ensinar os estudantes a cultivar o traço cristão de um bondoso interesse, uma disposição sociável para com aqueles que se encontram em mais necessidade, embora não sejam os companheiros de sua preferência. Em todo tempo e lugar, Jesus manifestava amorável interesse pela humanidade, irradiando em torno de Si a luz da piedade animosa. Ensinem-se os alunos a Lhe seguirem os passos. A mostrarem interesse cristão, simpatia e amor por seus jovens companheiros, e buscar atraí-los para Jesus; qual fonte de água que salta para a vida eterna, deve Cristo estar no coração deles, refrigerando a todos com quem chegarem em contato. TS2 438 2 É este pronto e amorável ministério pelos outros em tempos de necessidade, que é considerado precioso aos olhos de Deus. Assim, mesmo enquanto cursam a escola, podem os alunos, uma vez que sejam fiéis a sua profissão de fé, ser missionários vivos de Deus. Tudo isto requer tempo; mas o tempo assim empregado é empregado proveitosamente, pois dessa forma está o aluno aprendendo a maneira de apresentar o cristianismo ao mundo. TS2 439 1 Cristo não Se recusava a associar-Se aos outros em amistoso intercâmbio. Quando convidado a uma festa por um fariseu ou publicano, aceitava o convite. Nessas ocasiões, toda palavra por Ele emitida era um cheiro de vida para vida a Seus ouvintes; pois tornava a hora do jantar ocasião de comunicar muitas lições preciosas adequadas à necessidade deles. Assim ensinava Cristo a Seus discípulos a maneira de se conduzirem quando em companhia dos não religiosos, da mesma maneira que ao estar com os que o eram. Pelo próprio exemplo ensinava-lhes que, ao assistirem a qualquer reunião pública, sua conversação não precisava ser do caráter daquela a que geralmente se entregavam as pessoas em tais ocasiões. TS2 439 2 Quando os alunos se sentam à mesa, uma vez que Cristo lhes habite na alma, do tesouro do coração brotarão palavras puras e de molde a elevar; caso Ele aí não Se encontre, acharão prazer na frivolidade, em gracejos e chocarrices, o que constitui entrave ao desenvolvimento espiritual e será causa de desgosto aos anjos de Deus. A língua é um membro irrefreado, mas assim não deve ser. Precisa converter-se; pois o talento da linguagem é um talento deveras precioso. Cristo sempre está pronto a doar Suas riquezas, e devemos juntar as jóias que dEle provêm a fim de que, ao falarmos, essas jóias nos possam cair dos lábios. TS2 439 3 O temperamento, as peculiaridades individuais, os hábitos de que se desenvolve o caráter -- tudo quanto é praticado no lar, revelar-se-á em todos os intercâmbios da vida. As inclinações seguidas, manifestar-se-ão em pensamentos, palavras e ações da mesma natureza. Se todos os alunos que compõem a família escolar fizessem um esforço para refrear toda palavra descortês ou desagradável, falando a todos de maneira respeitosa; se conservassem em mente que se estão preparando para tornar-se membros da família celeste; se sua influência fosse como que guardada por fiéis sentinelas, para que não se exercesse no sentido de afastar de Cristo; se se esforçassem para que todo ato de sua vida manifestasse os louvores dAquele que os chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, que influência reformadora sairia de cada internato! Exercícios religiosos TS2 440 1 De todos os aspectos da educação a ser dada em nossos internatos são os exercícios religiosos os mais importantes. Cumpre tratá-los com a máxima solenidade e reverência, ao mesmo tempo que se lhes deve comunicar toda a aprazividade possível. Não devemos prolongá-los de maneira a torná-los enfadonhos, pois a impressão assim causada na mente dos jovens fará com que associem a religião com tudo quanto é árido e desinteressante; e muitos serão levados a pôr sua influência do lado do inimigo, ao passo que, se fossem devidamente ensinados, tornar-se-iam uma bênção ao mundo e à igreja. As reuniões de sábado, os serviços matutinos e vespertinos no lar e na capela, a menos que sejam bem orientados e tenham a vivificação do Espírito de Deus, podem-se tornar por demais formais, desinteressantes e sem atrativo, sendo para a mocidade os mais tediosos dos exercícios escolares. As reuniões de oração e todos os demais cultos religiosos, devem ser planejados e dirigidos de maneira que, não somente sejam proveitosos, mas tão agradáveis que exerçam positiva atração. O orar juntos, ligará os corações a Deus em laços perduráveis; o confessar a Cristo franca e valorosamente, manifestar em nosso caráter Sua mansidão, humildade e amor, fará com que outros fiquem encantados com a beleza da santidade. TS2 440 2 Em todas essas ocasiões Cristo deve ser apresentado como o primeiro "entre dez mil", Aquele que é "totalmente desejável". Cantares 5:10, 16. Seja Ele destacado como a Fonte de todo verdadeiro prazer e satisfação, o Doador de toda dádiva perfeita, o Autor de toda bênção, Aquele em quem se concentram todas as nossas esperanças de vida eterna. Em todo exercício religioso, apareçam em sua real beleza o amor de Deus e a alegria da vida cristã. Apresentai o Salvador como o restaurador de todo efeito do pecado. TS2 441 1 Para chegar a esse resultado, é preciso evitar toda estreiteza. É necessária uma devoção sincera, fervorosa, do íntimo do coração. Será essencial nos professores a piedade ativa e ardente. Mas haverá poder para nós, se a possuirmos. Haverá graça, se a apreciarmos. O Espírito Santo aguarda nossa solicitação, uma vez que a façamos com intensidade de propósito proporcional ao valor do objeto que buscamos. Os anjos do Céu estão tomando nota de toda a nossa obra, e procuram ver como poderão ministrar a cada um de maneira que ele reflita a semelhança de Cristo no caráter, e se transforme à imagem divina. Quando os que se acham à testa de nossos internatos apreciarem as oportunidades e privilégios postos ao seu alcance, realizarão para Deus uma obra aprovada pelo Céu. ------------------------Capítulo 63 -- A reforma industrial TS2 442 1 Em virtude de surgirem dificuldades, não devemos abandonar às indústrias de que temos lançado mão como parte da obra educativa. Enquanto cursam a escola, os moços devem ter ensejo de aprender a usar as ferramentas. Sob a direção de obreiros experimentados, carpinteiros aptos para ensinar, pacientes e bondosos, os próprios alunos devem erigir os prédios do terreno da escola, e fazer os necessários melhoramentos, aprendendo assim, mediante lições práticas, a construir economicamente. Os alunos também devem exercitar-se em manejar todas as espécies de obra relacionadas com a tipografia, como sejam composição, impressão e encadernação, juntamente com fazer tendas e outros ramos de trabalho útil. Devem-se plantar frutas miúdas, cultivar verduras e flores, e isto, as alunas devem ser chamadas para o ar livre, a fazer. Assim, ao mesmo tempo que exercitam o cérebro, os músculos e ossos, adquirem conhecimentos da vida prática. TS2 442 2 O preparo em todos esses pontos tornará nossos jovens úteis no levar a verdade aos campos estrangeiros. Não terão aí que depender do povo entre o qual vão viver, para cozinhar e semear e construir para eles, nem será necessário gastar dinheiro para transportar homens de milhares de quilômetros para planejarem edifícios escolares, casas de culto e habitações. Os missionários gozarão de muito mais influência entre o povo, uma vez que sejam capazes de ensinar os inexperientes a trabalhar de acordo com os melhores métodos e a produzir os melhores resultados. Serão assim aptos a demonstrar que os missionários se podem tornar educadores industriais, e essa espécie de instrução será apreciada especialmente onde escasseiam os recursos. Será necessário muito menor capital para sustentar esses missionários, pois, a par de seus estudos, exercitaram da melhor maneira possível capacidade física em trabalho prático; e onde quer que eles vão, tudo quanto obtiveram nesse sentido, lhes proporcionará vantagens. Seja proporcionada aos alunos dos departamentos industriais, quer se empreguem em trabalho doméstico, quer no cultivo do solo, quer em outros labores, a oportunidade de contarem as lições práticas e espirituais que aprenderam em relação com o seu trabalho. Em todos os deveres práticos da vida, devem-se fazer comparações com os ensinos da Natureza e da Bíblia. Vantagens da situação no campo TS2 443 1 Os motivos que nos têm levado, em alguns lugares, a nos desviar das cidades e localizar nossas escolas no campo, aplicam-se da mesma maneira a escolas em outros lugares. Gastar dinheiro em mais construções quando a escola grandemente endividada, não está de acordo com os planos de Deus. Houvesse o dinheiro que nossas escolas maiores empregaram em prédios dispendiosos sido aplicado em terrenos onde nossos estudantes pudessem receber a educação apropriada, não haveria tão grande número de alunos agora lutando sob o peso de débito crescente, e a obra dessas instituições estaria em mais prósperas condições. Houvesse sido seguida essa direção, e teria havido algumas murmurações por parte dos alunos, suscitar-se-iam muitas objeções da parte dos pais; mas os estudantes teriam assegurado uma educação completa, a qual os haveria preparado, não somente para o trabalho prático em vários ofícios, mas para um lugar na fazenda do Senhor na terra renovada. TS2 443 2 Houvessem nossas escolas estimulado o trabalho no sentido agrícola, e teriam agora aspecto inteiramente diverso. Não haveria tão grande desânimo. Haver-se-iam vencido as influências contrárias; ter-se-iam mudado as condições financeiras. Ter-se-ia, quanto aos estudantes, uniformizado o trabalho; e como todo o maquinismo humano seria proporcionalmente exercitado, desenvolver-se-ia maior resistência física e mental. Mas as instruções que ao Senhor aprouve dar foram tão frouxamente aplicadas, que os obstáculos não têm sido vencidos. TS2 444 1 É covardia avançar tão lenta e incertamente no ramo do trabalho -- aquele ramo que comunicará a melhor espécie de educação. Olhai à Natureza. Há dentro de seus vastos limites espaço para se estabelecerem escolas onde se possam desbravar terrenos e cultivar a terra. Este trabalho é essencial à educação mais favorável ao progresso espiritual; pois a voz da Natureza é a voz de Cristo, ensinando-nos inúmeras lições de amor e poder, submissão e perseverança. Alguns não apreciam o valor do trabalho agrícola. Não devem ser pessoas assim que planejem para nossas escolas, pois impedirão que tudo se desenvolva nas devidas direções. Sua influência passada tem sido prejudicial. TS2 444 2 Caso a terra seja cultivada, há de, com a bênção de Deus, suprir nossas necessidades. Não nos devemos desanimar por causa de coisas temporais, por causa de aparentes fracassos, nem ficar desalentados pela demora. Cumpre-nos lavrar animosamente o solo, com esperança e gratidão, crendo que a terra contém em seu seio fartos depósitos para o trabalhador fiel enceleirar -- depósitos mais preciosos do que a prata e o ouro. A escassez que lhe é atribuída é um falso testemunho. Com o cultivo apropriado, inteligente, a terra dará seus tesouros para benefício do homem. As montanhas e os montes estão mudando; a terra está envelhecendo como um vestido; mas a bênção de Deus, que estende uma mesa para Seu povo no deserto, nunca faltará. TS2 444 3 Acham-se perante nós tempos sérios, e grande é a necessidade de famílias saírem das cidades para o campo, a fim de que a verdade seja levada pelos valados assim como pelos caminhos principais da Terra. Muito depende de fazermos nossos planos segundo a Palavra do Senhor, levando-os a efeito com perseverante energia. Depende mais de consagrada atividade e perseverança do que de inteligência e do saber adquirido nos livros. Todos os talentos e aptidões concedidos aos instrumentos humanos, uma vez que não sejam usados, de pouco valor são. TS2 445 1 A volta a métodos mais simples, será apreciada pelas crianças e os jovens. O trabalho no jardim e no campo, será aprazível mudança da fatigante rotina das lições abstratas a que nunca se deveria limitar sua mente juvenil. Para a criança nervosa, que acha as lições dos livros exaustivas e difíceis de lembrar, será isso de especial valor. Há saúde e satisfação para ela no estudo da Natureza; e as impressões causadas não se lhe apagarão da memória, pois se acharão associadas a objetos que estão continuamente diante de seus olhos. O abc da educação TS2 445 2 Trabalhar na terra é uma das melhores espécies de ocupação, chamando à ação os músculos e repousando a mente. O estudo no ramo da agricultura deve ser o ABC da educação dada em nossas escolas. Esse deve ser justo o primeiro trabalho a iniciar. Nossas escolas não devem depender de produtos importados quanto a verduras e cereais, e às frutas tão essenciais à saúde. Nossos jovens precisam ser instruídos acerca de derrubar árvores e de cultivar o solo, da mesma maneira que nos ramos literários. Devem ser indicados vários professores para superintender certo número de alunos em seu trabalho, e trabalhar com eles. Assim os próprios mestres aprenderão a desempenhar-se de responsabilidades como portadores de encargos. Por esta forma, alunos aptos devem também ser preparados para se desempenhar de responsabilidades, e colaborar com os mestres. Todos se devem aconselhar juntamente quanto aos melhores métodos de levar avante a obra. ... TS2 445 3 O exercício que ensina a mão a ser útil e prepara o cérebro do jovem para fazer sua parte nos encargos da vida, dá força física e desenvolve todas as faculdades. Todos devem encontrar alguma coisa para fazer que lhes seja benéfica a eles próprios e útil aos outros. Deus indicou o trabalho como uma bênção, e unicamente o diligente obreiro encontra a verdadeira satisfação e alegria da vida. TS2 446 1 O cérebro e os músculos devem ser proporcionalmente exercitados, se se quer manter a saúde e o vigor. A juventude pode, então, pôr no estudo da Palavra de Deus saudável percepção e nervos bem equilibrados. Terão pensamentos sãos, e poderão reter as coisas preciosas tiradas da Palavra. Digerir-lhe-ão as verdades e, em resultado, terão energia mental para discernir o que seja a verdade. Depois, segundo o exigir a ocasião, podem dar a todo homem que lhes pedir, a razão da esperança que neles há, com mansidão e temor. ------------------------Capítulo 64 -- A fazenda da escola de Avondale TS2 447 1 Há, com relação à disposição e ao uso das terras próximas a nossa escola e igreja, algumas coisas que me foram mostradas, e que fui instruída a apresentar-vos. Até há pouco, não me sentia livre para falar a esse respeito, e mesmo agora não me sinto na liberdade de revelar tudo, pois nosso povo ainda não está preparado para compreender tudo quanto, na providência de Deus, se desenvolverá em Avondale. TS2 447 2 Nas visões da noite, foram-me claramente apresentadas algumas coisas. Havia pessoas escolhendo lotes de terra perto da escola, nos quais pretendiam construir casas e estabelecer residências. Ergueu-Se, todavia, Alguém em nosso meio, o qual disse: "Estais cometendo um grande erro, o qual tereis de deplorar. Esta terra não deve ser ocupada por edifícios, a não ser para proporcionar acomodações para os professores e alunos da escola. A terra ao redor da escola é para ser reservada como fazenda da mesma escola. Ela se deve tornar uma parábola viva para os alunos. Estes não devem considerar as terras da escola como coisa comum, mas olhá-la como um compêndio aberto diante deles e que o Senhor quer que estudem. Suas lições comunicarão conhecimento na cultura da alma. TS2 447 3 "Caso permitais que a terra próxima à escola seja ocupada com casas particulares, e sejais depois compelidos a escolher para cultivo outra terra distante da escola, será grande erro, e desses que serão sempre lamentados. Toda a terra nos arredores do edifício escolar deve ser considerada como fazenda da escola, onde os alunos podem ser educados sob a direção de habilitados superintendentes. Os jovens que hão de cursar nossas escolas necessitam de toda a terra ao redor. Devem plantá-la de árvores ornamentais e de frutas, e cultivar hortaliças. TS2 448 1 "A fazenda da escola deve ser considerada um compêndio da Natureza, do qual os professores tirarão suas lições objetivas. Cumpre ensinar aos nossos estudantes que Cristo, Criador do mundo e de tudo o que nele há, é a vida e a luz de toda criatura vivente. A vida de toda criança e jovem dispostos a apoderar-se das oportunidades de receber a devida educação, tornar-se-á reconhecida e feliz por aquilo em que seus olhos pousam enquanto se acha na escola." A obra diante de nós TS2 448 2 Necessitamos de mais professores e mais talento para educar os alunos nos vários ramos de atividade, para que muitas pessoas saiam deste lugar aptas e dispostas a levar a outros o conhecimento que receberam. Rapazes e moças órfãos, devem encontrar aí um lar. Devem-se erigir edifícios para um hospital, e prover barcos para equipar a escola. Deve empregar-se para gerir a fazenda uma pessoa competente, e também homens prudentes e enérgicos para superintendentes dos vários empreendimentos industriais; homens que empreguem seus talentos inteiramente em ensinar os alunos a trabalhar. TS2 448 3 Virão à escola muitos jovens com o desejo de obter preparo no sentido industrial. A instrução nesse ramo deve incluir escrituração mercantil, carpintaria, e tudo quanto diz respeito à agricultura. Devem-se fazer também preparativos para ensinar ferraria, pintura, arte culinária, fazer sapatos, padaria, lavanderia, consertos de roupa, datilografia e impressão. Toda energia de que dispusermos deve ser posta nessa obra de preparo, a fim de que saiam alunos preparados para os deveres da vida prática. TS2 448 4 As casas e edifícios essenciais ao trabalho escolar devem ser erigidos pelos próprios alunos. Essas construções não devem ser feitas muito juntas, nem situadas próximo dos edifícios escolares propriamente ditos. Na execução dessa obra devem-se formar pequenos grupos que, sob a direção de competentes líderes, sejam ensinados a experimentar um perfeito senso de responsabilidade. Todas essas coisas não podem ser realizadas de uma vez, mas devemos começar a trabalhar com fé. A terra a ser reservada TS2 449 1 É desejo do Senhor que os terrenos em volta da escola Lhe sejam consagrados como Sua própria sala de aulas. Achamo-nos situados em lugar onde há bastante terra, e os terrenos próximos à escola e à igreja não devem ser ocupados com residências particulares. Os que crêem na verdade para este tempo não se acham todos transformados no caráter. Não constituem todos lições práticas, apropriadas, pois não apresentam o caráter de Cristo. Muitos há que gostariam de ficar perto da escola e da igreja, os quais não seriam auxílio, antes entraves. Acham que devem ser ajudados e favorecidos. Não apreciam nem a espécie nem a situação da obra em que nos achamos empenhados. Não compreendem que tudo quanto tem sido feito em Avondale tem sido efetuado com o mais árduo labor e mediante o dinheiro dado com sacrifício, ou que deve ser restituído àqueles de quem foi tomado emprestado. TS2 449 2 Entre os que desejam instalar-se perto de nossas escolas, há alguns cheios de importância própria e de ansiedade quanto à própria reputação. São susceptíveis e facciosos. Essas pessoas precisam converter-se, pois se acham longe de estar em condições de poder receber as bênçãos do Senhor. Satanás os tenta a pedirem favores que, se concedidos, só os prejudicariam, e assim eles causam ansiedade a seus irmãos. Os princípios vivos da Palavra de Deus precisam de ser introduzidos na vida de muitos que agora não acham lugar para eles. Os que estão aprendendo na escola de Cristo reputarão todo favor recebido de Deus como demasiado bom para eles. Compreenderão que não merecem todas as boas coisas que recebem, e considerar-se-ão felizes. Sua fisionomia exprimirá paz e serenidade no Senhor, pois têm a promessa de Deus, de que cuidará deles. TS2 449 3 "Assim diz o Senhor: O Céu é o Meu trono, e a Terra o escabelo dos Meus pés. Que casa Me edificareis vós? e que lugar seria o do Meu descanso? Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o Senhor; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra." Isaías 66:1, 2. Durante os dias finais de 1898, tivemos muitas experiências a nos ensinarem o que significavam essas palavras. Meu coração se achava grandemente opresso, e as questões me foram então expostas quanto aos males que surgiriam em conseqüência da venda das terras em torno da escola para serem ocupadas por casas de morada. Parecia como se estivéssemos em uma reunião de conselho, e entre nós Se achava Alguém de quem se esperava que nos ajudasse a sair das dificuldades. As palavras que Ele proferiu foram claras e decisivas: TS2 450 1 "Esta terra, por indicação de Deus, é para benefício da escola. Tendes tido provas da operação da natureza humana e do que ela manifesta sob a tentação. Quanto maior o número de famílias que se estabeleçam ao redor dos edifícios escolares, tanto mais dificuldades haverá no caminho dos professores e alunos. O egoísmo natural aos filhos dos homens está pronto a se revelar na vida, se tudo não estiver de acordo com suas conveniências. A terra anexa à escola, deve servir de fazenda para a mesma, e esta deve ocupar muito mais espaço do que tendes pensado. Deve fazer-se aí uma obra em harmonia com os conselhos dados. Avondale deve ser um centro filantrópico. O povo de Deus na Austrália será movido pelo Espírito do Senhor a dar simpatia e meios para a manutenção e estímulo de muitos empreendimentos caritativos e beneficentes, que serão o meio de ensinar os pobres, os desamparados e os ignorantes a se ajudarem a si mesmos." Um panorama TS2 450 2 Têm-me sido enviados em várias ocasiões esclarecimentos quanto a deverem ser as terras ao redor de nossa escola usadas como fazenda do Senhor. Em sentido especial, porções dessa fazenda devem ser grandemente cultivadas. Vi estender-se diante de mim terreno plantado de toda espécie de árvores frutíferas, que produzirão frutos nesta localidade; havia também hortas em que se semeavam e cultivavam sementes. TS2 451 1 Caso os gerentes dessa fazenda e os professores da escola recebam o Espírito Santo para operar com eles, terão sabedoria em sua direção, e Deus lhes abençoará o labor. O cuidado das árvores, o plantar e semear, bem como a colheita, hão de ser admiráveis lições para todos os estudantes. Os invisíveis laços que ligam a semeadura e a colheita, devem ser estudados, e seja a bondade de Deus acentuada e apreciada. É o Senhor que dá o poder e a energia à terra e à semente. Não fosse o agente divino aliado ao tato e habilidade humanos, e seria inútil semear. Há um poder invisível a operar constantemente em benefício do homem a fim de o alimentar e vestir. A parábola da semente, tal como se estuda na experiência diária do professor e do aluno, deve ensinar que Deus está operando em a Natureza, e deve tornar claras as coisas do reino do Céu. ------------------------Capítulo 65 -- Escolas junto às igrejas TS2 452 1 A igreja tem uma obra especial a fazer no educar e preparar suas crianças a fim de que, freqüentando outras escolas ou em outros convívios, não venham a ser influenciadas pelos que têm hábitos corruptos. O mundo está cheio de iniqüidade e de desprezo pelas reivindicações de Deus. As cidades tornaram-se como Sodoma, e nossos filhos estão diariamente sendo expostos a muitos males. Os que freqüentam as escolas públicas associam-se muitas vezes com outros mais negligenciados que eles, crianças que, fora do tempo passado na sala de aulas, são deixadas a obter a educação da rua. O coração dos pequenos é facilmente impressionado; e a menos que seu ambiente seja da devida espécie, Satanás empregará essas crianças negligenciadas para influenciar as que são educadas com mais cuidado. Assim, antes que os pais observadores do sábado se dêem conta do mal que está sendo feito, são aprendidas as lições de depravação, e a alma de seus pequenos é corrompida. TS2 452 2 As igrejas protestantes aceitaram o sábado espúrio, o filho do papado, e exaltaram-no acima do santo e santificado dia de Deus. Cumpre-nos tornar claro a nossos filhos que o primeiro dia da semana não é o verdadeiro sábado e que sua observância, depois de nos haver sido enviada a luz quanto ao dia verdadeiro de descanso, está em plena contradição com a lei de Deus. Acaso recebem nossas crianças dos professores da escola pública idéias em harmonia com a Palavra de Deus? É o pecado apresentado como uma ofensa contra o Senhor? É a desobediência a todos os Seus mandamentos ensinada como sendo o princípio de toda a sabedoria? Mandamos nossos filhos à Escola Sabatina para que sejam instruídos acerca da verdade, e depois, ao irem eles à escola diária, são-lhes ministradas lições cheias de falsidade. Tais coisas confundem a mente, e não devia ser assim; pois se os jovens recebem idéias que pervertem a verdade, como será neutralizada a influência dessas instruções? TS2 453 1 Podemos nos admirar de que, sob tais circunstâncias, alguns de nossos jovens não apreciem as vantagens religiosas? Podemos admirar que sejam arrastados à tentação? É de admirar que, negligenciados como têm sido, suas energias sejam dadas a divertimentos que não lhes fazem bem, que sejam enfraquecidas suas aspirações religiosas, e obscurecida a vida espiritual? O espírito será da mesma espécie daquilo de que ele se alimenta, a colheita da mesma natureza da semente semeada. Não mostram esses fatos suficientemente a necessidade de guardarmos desde os mais tenros anos a educação da juventude? Não seria melhor para o jovem crescer em certo grau de ignorância quanto ao que se chama comumente educação, do que se tornar descuidoso no que respeita à verdade de Deus? TS2 453 2 Quando os filhos de Israel foram tirados dentre os egípcios, o Senhor disse: "E Eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos; Eu sou o Senhor." "Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da sua casa até amanhã. Porque o Senhor passará para ferir os egípcios, porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta, e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas, para vos ferir. Portanto guardai isto por estatuto para vós e para vossos filhos, para sempre." Êxodo 12:12, 22-24. O sangue na verga da porta simbolizava o sangue de Cristo que, unicamente, salvava da condenação o primogênito dos hebreus. Qualquer dos filhos dos hebreus que fosse encontrado em uma habitação egípcia, seria destruído. TS2 453 3 Essas experiências dos israelitas foi escrita para instrução dos que haviam de viver nos últimos dias. Antes que passe o dilúvio do açoite sobre os habitantes da Terra, o Senhor chama todos quantos são deveras israelitas a que se preparem para esse acontecimento. Ele envia aos pais o grito de advertência: Recolhei vossos filhos em vossa própria casa; afastai-os dos que desrespeitam os mandamentos de Deus, que ensinam e praticam o mal. Saí o mais depressa possível das grandes cidades. Estabelecei escolas junto às igrejas. Dai a vossos filhos a Palavra de Deus como fundamento de toda a sua educação. Ela está cheia de belas lições, e se os alunos a tornam seu estudo no curso fundamental aqui embaixo, estarão preparados para o curso superior lá em cima. TS2 454 1 Vem a nós a Palavra de Deus a este tempo: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei: e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso." 2 Coríntios 6:14-18. Onde estão vossos filhos? Estais vós educando-os para discernir a corrupção que pela concupiscência há no mundo, e dela escapar? Estais buscando salvar-lhes a alma, ou, pela vossa negligência, ajudando em sua destruição? As crianças negligenciadas TS2 454 2 Mui pouca atenção na verdade tem sido dada a nossas crianças e jovens. Os membros mais idosos da igreja não os têm olhado com ternura e simpatia, desejando que avancem na vida religiosa, e assim as crianças têm deixado de se desenvolver na vida cristã como deviam. Alguns membros da igreja que têm tido o amor e o temor de Deus no passado, estão permitindo que os negócios se tornem absorventes, escondem sua luz debaixo do alqueire. Têm-se esquecido de servir a Deus, e estão tornando os negócios a sepultura de sua religião. TS2 455 1 Deixar-se-á a juventude vaguear aqui e ali, ficar desanimada e cair em tentações que estão por toda parte à espreita para lhes enlaçar o incautos pés? A obra que mais perto jaz dos membros de nossa igreja, é interessar-se em nossos jovens, dando com bondade, paciência e ternura regra sobre regra, mandamento sobre mandamento. Oh! onde estão os pais e mães em Israel? Devia haver grande número de pessoas que, como mordomos da graça de Cristo, experimentassem, não apenas um interesse casual, mas particular, na mocidade. Devia haver muitos cujo coração fosse tocado pela lamentável situação em que se acha colocada nossa juventude, que compreendessem que Satanás está operando por todos os meios imagináveis para os arrastar a sua rede. Deus requer que Sua igreja desperte da letargia em que se encontra, e veja que espécie de serviço é exigido neste tempo de perigo. TS2 455 2 Os olhos de nossos irmãos e irmãs devem ser ungidos com o colírio celeste, para que venham a discernir as necessidades dos tempos atuais. Os cordeiros do rebanho precisam ser alimentados, e o Senhor do Céu observa para ver quem está realizando a obra que Ele deseja que se faça pelas crianças e os jovens. A igreja está adormecida e não avalia a magnitude do assunto. "Ora", diz alguém, "que necessidade há de ser tão exigente para educar nossa mocidade? Parece-me que, se alguns que resolveram seguir alguma profissão literária, ou qualquer outra carreira que exija determinada matéria, são objeto de especial atenção, isto é quanto basta. Não é preciso que toda a nossa juventude seja tão bem preparada. Não satisfará a completa educação de alguns a toda exigência essencial?" TS2 456 1 Não, respondo, mui decididamente não. Que escolha seríamos capazes de fazer entre nossos jovens? Como poderíamos dizer quem seria mais promissor, quem havia de prestar o melhor serviço a Deus? Em nosso juízo humano, poderíamos fazer como fez Samuel que, quando enviado a buscar o ungido do Senhor, olhou para a aparência exterior. TS2 456 2 Mas o Senhor disse a Samuel: "Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado, porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração." 1 Samuel 16:7. Nenhum dos de nobre aparência, dentre os filhos de Jessé, foi aceito pelo Senhor; mas quando Davi, o filho mais novo, um simples pastor de ovelhas, foi chamado do campo e passou diante de Samuel, o Senhor disse: "Levanta-te, e unge-o, porque este mesmo é." V. 12. Quem pode decidir qual de uma família se demonstrará eficiente na obra de Deus? A todos os jovens deve ser permitido receber as bênçãos e privilégios da educação em nossas escolas, e poderão ser inspirados a tornar-se coobreiros de Deus. Necessitam-se escolas junto às igrejas TS2 456 3 Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática, bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários há constante tentação a cair em inatividade espiritual. TS2 456 4 Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduquem as crianças de tal maneira que os induza a se tornarem missionários. Empreguem-se professores capazes de ministrar uma educação completa em todos os ramos comuns da vida, tornando a Bíblia o fundamento e a vida de todo o estudo. Os pais devem revestir-se da armadura, e por meio do próprio exemplo, ensinar as crianças a serem missionários. Devem trabalhar enquanto é dia, pois "a noite vem, quando ninguém pode trabalhar". João 9:4. Caso envidem abnegados esforços, ensinando perseverantemente os filhos a assumirem responsabilidades, o Senhor cooperará com eles. TS2 457 1 Algumas famílias de observadores do sábado vivem isoladas ou muito separadas de outras da mesma fé. Essas têm às vezes mandado os filhos a nossos internatos, onde foram ajudados, e voltaram para ser uma bênção no próprio lar. Outros, porém, não podem mandar os filhos para longe, a fim de se educarem. Nesses casos os pais devem esforçar-se por empregar um professor exemplarmente religioso, que considere um prazer trabalhar para o Mestre em qualquer ocupação, e esteja disposto a cultivar qualquer parte da vinha do Senhor. TS2 457 2 Pais e mães devem cooperar com o professor, trabalhando zelosamente para a conversão de seus filhos. Esforcem-se para manter o interesse espiritual sempre vivo, e sempre robusto no lar, criando seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor. Consagrem eles parte de cada dia ao estudo, e tornem-se alunos com seus filhos. Assim tornarão a hora educativa um prazer e um proveito, e se fortalecerá sua confiança nesse método de buscar a salvação dos próprios filhos. Os pais verificarão que seu próprio desenvolvimento será mais rápido à medida que eles aprenderem a trabalhar pelos filhos. Ao trabalharem assim, de maneira humilde, desaparecerá a incredulidade. A fé e a atividade comunicam certeza e satisfação que aumentam dia a dia, à medida que prosseguem em conhecer ao Senhor, e torná-Lo conhecido. Suas orações se tornarão fervorosas, pois terão algum objeto definido por que orar. TS2 458 1 Em alguns países os pais são obrigados por lei a mandar os filhos à escola. Nesses países, nas localidades onde há igreja, devem-se estabelecer escolas, mesmo que não haja mais de seis crianças para freqüentá-las. Trabalhai como se o fizésseis para salvar a própria vida, para salvar os filhos de serem afogados nas influências contaminadoras e corruptoras do mundo. TS2 458 2 Achamo-nos demasiado aquém de nosso dever quanto a esse importante assunto. Em muitos lugares, as escolas já deviam estar funcionando há anos. Muitas localidades teriam assim tido representantes da verdade, que teriam dado reputação à obra do Senhor. Em vez de concentrar tantos grandes edifícios em poucos lugares, dever-se-iam haver estabelecido escolas em muitas localidades. TS2 458 3 Iniciem-se agora essas escolas sob direção sábia, para que a infância e a juventude sejam educadas em suas próprias igrejas. É uma séria ofensa a Deus o ter havido tão grande negligência nesse sentido, quando a Providência nos tem tão abundantemente provido de facilidades para o trabalho. Mas se bem que no passado tenhamos deixado de fazer o que poderíamos haver feito para as crianças e os jovens, arrependamo-nos agora, cuidando em redimir o tempo. Diz o Senhor: "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. Se quiserdes e ouvirdes, comereis o bem desta terra." Isaías 1:18, 19. O caráter de nossas escolas e de seus professores TS2 458 4 O caráter da obra feita em nossas escolas, deve ser da mais alta ordem. Jesus Cristo, o Restaurador, é o único remédio para uma educação errônea, e as lições ensinadas em Sua Palavra devem ser sempre mantidas diante da juventude pela maneira mais atrativa. A disciplina escolar deve secundar a educação doméstica, e manter-se, tanto em casa como na escola, a simplicidade e a piedade. Encontrar-se-ão homens e mulheres que têm talento para trabalhar nessas pequenas escolas, mas que o não fariam com vantagem nas escolas maiores. Ao praticarem as lições bíblicas, receberão eles próprios uma educação do mais alto valor. TS2 459 1 Ao escolher professores, usemos a máxima cautela, sabendo ser uma questão tão solene, como a escolha de pessoas para o ministério. Essa escolha deve ser feita por homens sábios, aptos a discernirem caracteres, pois para educar e moldar o espírito dos jovens e desempenharem-se com êxito das muitas atividades que deverão ser desenvolvidas pelo professor de nossas escolas, necessitam-se os melhores talentos que se possam conseguir. Não se deve pôr à testa dessas escolas qualquer pessoa de uma disposição de espírito inferior ou estreita. Não se ponham as crianças a cargo de jovens e inexperientes professores, destituídos de aptidões para dirigir, pois seus esforços tenderiam para a desorganização. A ordem é a primeira lei do Céu e toda escola deve, a esse respeito, ser um modelo do Céu. TS2 459 2 Confiar as crianças a professores orgulhosos e destituídos de amor, é iníquo. Um professor assim fará grande dano aos que estão em rápido desenvolvimento de caráter. Se os professores não forem submissos a Deus, se não tiverem amor pelas crianças que têm a seu cargo, ou se mostrarem parcialidade pelos que lhes agradam à fantasia e manifestarem indiferença pelos menos atrativos ou os que são desassossegados e nervosos, não devem ser empregados; pois o resultado de sua obra será perda de almas para Cristo. TS2 459 3 Necessitam-se e em especial para as crianças, professores que sejam calmos e bondosos, que manifestem paciência e amor justamente por aqueles que disso mais necessitam. Jesus amava as crianças; considerava-as como membros mais jovens da família do Senhor. Tratava-as sempre com bondade e respeito, e os mestres devem-Lhe seguir o exemplo. Devem ter o verdadeiro espírito missionário, pois as crianças precisam ser preparadas para se tornarem missionárias. Cumpre-lhes sentir que o Senhor lhes confiou, como um solene depósito, a alma dos jovens e das crianças. TS2 460 1 Nossas escolas necessitam de professores de elevadas qualidades morais, dignos de confiança, sãos na fé e dotados de paciência e tato, pessoas que andem com Deus e se abstenham da própria aparência do mal. Encontrarão nuvens em sua obra. Terão de enfrentar nuvens e escuridade, tormentas e tempestades e preconceitos por parte dos pais que nutrem incorretas idéias quanto ao caráter que seus filhos devem formar; pois há muitos que pretendem crer na Bíblia, ao passo que deixam de introduzir-lhe os princípios na vida doméstica. Mas, se os professores forem constantes discípulos da escola de Cristo, essas circunstâncias jamais os vencerão. TS2 460 2 Busquem os pais ao Senhor com fervor intenso, a fim de não virem a ser pedras de tropeço no caminho dos próprios filhos. Afugentem do coração a inveja e o ciúme, e deixem que a paz de Cristo aí penetre de modo a unir os membros da igreja em verdadeira fraternidade cristã. Cerrem-se as janelas da alma contra o venenoso miasma da Terra, abrindo-as em direção ao Céu, para receber os benéficos raios do Sol da justiça de Cristo. TS2 460 3 Enquanto o espírito de crítica e de suspeita não for banido do coração, o Senhor não pode realizar Seu anelo para a igreja -- abrir o caminho para o estabelecimento de escolas; enquanto não houver unidade, Ele não moverá aqueles a quem confiou recursos e aptidões para o avançamento desta obra. Os pais precisam atingir mais elevada norma, observando o caminho do Senhor e praticando a justiça, de modo a serem portadores de luz. Importa que haja inteira transformação de espírito e caráter. O espírito de desunião nutrido no coração de alguns se comunicará a outros, e anulará a influência que a escola exerceria para o bem. A menos que os pais estejam prontos e ansiosos no sentido de cooperar com o professor para salvação de seus filhos, não se acham preparados para o estabelecimento de uma escola entre eles. Os resultados da obra da escola da igreja TS2 461 1 Quando devidamente dirigidas, as escolas serão o meio de erguer o estandarte da verdade nos lugares em que funcionam; pois as crianças que receberem educação cristã, serão testemunhas de Cristo. Como Jesus, no templo, desvendou os mistérios que os sacerdotes e os príncipes não haviam podido penetrar, assim na história final da Terra, crianças que foram devidamente educadas hão de, em sua simplicidade, proferir palavras que surpreenderão os que agora falam em "educação superior". Como as crianças cantavam "Hosanas" no pátio do templo, e "Bendito o que vem em nome do Senhor", assim nestes últimos dias as vozes das crianças se erguerão para dar a última mensagem de advertência a um mundo agonizante. Quando os seres celestes virem que os homens não mais têm permissão de apresentar a verdade, o Espírito de Deus virá sobre as crianças, e elas farão na proclamação da verdade um trabalho que os obreiros mais idosos não podem fazer, pois seus passos serão entravados. TS2 461 2 Nossas escolas são ordenadas por Deus a fim de preparar as crianças para esta grande obra. Aí devem elas ser instruídas nas verdades especiais para este tempo, e na obra missionária prática. Devem alistar-se no exército de obreiros para ajudar o enfermo e o sofredor. As crianças podem tomar parte na obra médico-missionária e, com seus jotas e tis, ajudar a levá-la avante. Suas contribuições poderão ser pequenas, mas todo pouco ajuda, e mediante seus esforços muitas almas serão ganhas para a verdade. Por elas será proclamada a mensagem de Deus, e Sua salvação a todas as nações. Preocupe-se, pois, a igreja com os cordeirinhos do rebanho. Sejam as crianças educadas e preparadas para servirem a Deus, pois são a herança do Senhor. TS2 462 1 Dever-se-iam haver erguido anos atrás edifícios apropriados para escolas junto às igrejas, nas quais as crianças e os jovens pudessem receber a verdadeira educação. TS2 462 2 Os compêndios usados nas nossas escolas de nossas igrejas devem ser de molde a chamar a atenção para a lei de Deus. Assim a luz e a força e o poder da verdade serão engrandecidos. Unir-se-ão a essas escolas jovens do mundo, mesmo alguns cuja mente fora depravada, e aí serão convertidos. Seu testemunho em favor da verdade poderá ser impedido por algum tempo em razão das falsas teorias dos pais, mas afinal, a verdade triunfará. Fui instruída a dizer que essa espécie de obra missionária exercerá uma influência eficaz na difusão da luz e do conhecimento. TS2 462 3 Quão importante é que as famílias que se estabelecem num lugar em que há uma escola sejam boas representantes de nossa santa fé! TS2 462 4 As igrejas em que se acham estabelecidas escolas, bem podem tremer ao se verem depositárias de responsabilidades morais demasiado grandes para serem expressas por palavras. Há de esta obra, nobremente iniciada, falhar ou enfraquecer por falta de consagrados obreiros? Hão de os projetos e ambições egoístas achar lugar nesse empreendimento? Hão de os obreiros permitir que o amor do ganho, o amor da comodidade, a falta de piedade, excluam Cristo de seu coração e O eliminem da escola? De modo nenhum! A obra já está bastante adiantada. No ramo educativo, tudo está arranjado para uma zelosa reforma, para uma educação mais verdadeira, mais eficaz. Há de nosso povo aceitar esse santo legado? Humilhar-se-ão eles aos pés da cruz do Calvário, prontos para todo sacrifício e todo serviço também? TS2 463 1 Os pais e os professores devem buscar com muita diligência aquela sabedoria que Jesus sempre está pronto a dar; pois estão lidando com mentes humanas no período mais interessante e impressionável de seu desenvolvimento. Eles devem ter em mira cultivar por tal forma as tendências da juventude que, em cada estágio de sua vida, possam apresentar a beleza natural própria daquele período, desdobrando-se gradualmente, como acontece com as plantas e flores do jardim. TS2 463 2 O governo e instrução das crianças é o mais nobre trabalho missionário que qualquer homem ou mulher possa empreender. Por meio do devido emprego de objetos, tornem-se bem claras as lições, para que sua mente seja levada da Natureza para o Deus da Natureza. Precisamos ter em nossas escolas pessoas dotadas daquele tato e habilidade capazes de levar avante esse ramo de trabalho, semeando assim sementes de verdade. Unicamente o grande dia de Deus pode revelar o bem que essa obra realizará. TS2 463 3 Um talento especial deve ser consagrado à educação dos pequeninos. Muitos podem colocar alto a manjedoura, e dar de comer às ovelhas, mas é bem mais difícil pô-la baixo e alimentar os cordeirinhos. Eis uma lição que os professores de nossas escolas precisam aprender. TS2 463 4 Os olhos da mente necessitam ser educados, do contrário a criança encontrará prazer em contemplar o mal. TS2 463 5 Os professores devem por vezes tomar parte nos jogos e brinquedos dos pequeninos, e ensiná-los a brincar. Dessa maneira eles serão capazes de controlar os sentimentos e ações desagradáveis sem parecer criticar ou achar defeitos. Esse companheirismo ligará o coração dos professores e dos alunos, e a escola será um deleite para todos. TS2 464 1 Os professores devem amar as crianças, porque elas são os membros mais jovens da família do Senhor. O Senhor indagará deles, como dos pais: "Onde está o rebanho que se te deu, e as ovelhas da tua glória?" Jeremias 13:20. TS2 464 2 Nas localidades em que são poucos os crentes, unam-se duas ou três igrejas para erigir um modesto edifício para a escola. Que todos partilhem das despesas. É alto tempo de os observadores do sábado separarem seus filhos do convívio dos mundanos, colocando-os sob a direção dos melhores professores, que façam da Bíblia o fundamento de todo estudo. -- Testimonies for the Church 6:109 (1900). ------------------------Capítulo 66 -- A direção e as finanças da escola TS2 465 1 Quem dera que eu pudesse manejar a língua de maneira a exprimir claramente a importância da devida direção de nossas escolas! Todos devem compreender que essas escolas são instrumentos do Senhor, instrumentos por meio dos quais Ele Se quer tornar conhecido aos homens. Necessitam-se por toda parte homens e mulheres que sirvam de condutos de luz. A verdade de Deus deve ser levada a todas as terras, para que os homens sejam esclarecidos por ela. TS2 465 2 Como um povo de posse de avançada luz, devemos imaginar meios com que desenvolvamos um exército de missionários educados, que entrem nos vários departamentos da obra de Deus. Precisamos de jovens de ambos os sexos bem disciplinados, de cultura, em nossos sanatórios, na obra médico-missionária, nos escritórios de publicações, nas Associações dos vários Estados, bem como no campo em geral. Necessitamos de rapazes e moças que, possuindo elevada cultura intelectual, estejam habilitados a fazer a melhor obra para o Senhor. Temos feito alguma coisa no sentido de atingir essa norma, mas ainda estamos muito atrás daquilo que o Senhor tem em vista. Como igreja, como indivíduos, se queremos estar limpos no juízo, cumpre-nos fazer mais liberais esforços para o preparo de nossa mocidade, a fim de estarem mais aptos para os diversos ramos da grande obra confiada a suas mãos. Como um povo possuidor de grande luz, devemos fazer planos sábios de maneira que a mente capaz dos que são dotados de talento seja robustecida, disciplinada e polida, de modo que a obra de Cristo não seja prejudicada por falta de obreiros capazes, que façam seu trabalho com diligência e fidelidade. TS2 465 3 Alguns se contentariam com a esmerada educação de uns poucos dos mais promissores dentre nossos jovens; mas todos eles necessitam educar-se a fim de estarem aptos para ser úteis na vida, habilitados para lugares de responsabilidade, tanto na vida particular como na pública. Há grande necessidade de que se façam planos para que haja grande número de obreiros competentes, e muitos se devem habilitar como professores, de modo que outros venham a ser preparados e disciplinados para a grande obra do futuro. A igreja deve abranger a situação e, por sua influência e recursos, procurar promover esse tão desejado objetivo. Livre de dívidas TS2 466 1 A fim de que nossas escolas possam realizar nobremente o desígnio para que são estabelecidas, devem estar livres de dívidas. Não se deve permitir que pese sobre elas o pagamento de juros. No estabelecimento de escolas missionárias para obreiros, e especialmente nos campos novos, em que são poucos os irmãos e limitados seus recursos, é melhor, em vez de retardar a obra, tomar dinheiro emprestado de amigos desse empreendimento; mas sempre que seja possível, consagrem-se nossas instituições livres de débitos. TS2 466 2 O Senhor tem recursos para Sua obra nas mãos de Seus mordomos; e enquanto as escolas tiverem dívidas contraídas para sua fundação, para construírem-se os necessários edifícios, e proverem-se as precisas instalações, é nosso dever apresentar o caso aos irmãos, e pedir-lhes que diminuam esses débitos. Nossos ministros devem preocupar-se com esta obra. Cumpre-lhes animar todos a trabalhar harmonicamente, e a auxiliar segundo suas aptidões. Caso esta obra houvesse sido empreendida com fidelidade e diligência anos atrás, as dívidas de nossas escolas mais antigas já há muito poderiam haver sido saldadas. Economia TS2 466 3 Na ereção dos edifícios escolares, em seu mobiliário, bem como em todo aspecto de sua direção, cumpre exercer-se a mais estrita economia. Nossas escolas não devem ser manejadas segundo qualquer plano estreito ou egoísta. Devem assemelhar-se o mais possível a um lar, e ensinarem em todos os aspectos lições corretas de simplicidade, utilidade, economia e parcimônia. TS2 467 1 Os estudantes se acham em nossas escolas a fim de receberem especial preparo para se relacionarem com todos os ramos de serviço, de modo que, se houverem de sair como missionários, contem consigo mesmos e sejam capazes, por meio de sua aprimorada habilidade, de se proverem com os necessários recursos. Sejam homens ou mulheres, devem aprender a remendar, lavar e manter as próprias roupas em ordem. Devem poder cozinhar suas refeições. Estar familiarizados com a agricultura e serviços mecânicos. Assim poderão diminuir suas despesas e, por seu exemplo, incutir princípios de economia e parcimônia. Tais lições serão melhor ensinadas onde se exercita conscienciosamente a economia em tudo. TS2 467 2 Não somente para benefício financeiro das escolas, mas também como educação para os estudantes, a economia deve ser fielmente considerada e conscienciosa e diligentemente exercida. Cuidem os dirigentes em todos os pontos, para que não haja desnecessária despesa, que venha ocasionar um encargo de dívida à escola. Todo aluno que ama a Deus acima de tudo, cooperará no levar responsabilidades a esse respeito. Os que foram educados em assim fazer, podem demonstrar por preceito e por exemplo, àqueles com quem se põem em contato, os princípios ensinados por nosso abnegado Redentor. A condescendência consigo mesmo é um grande mal e precisa ser vencida. TS2 467 3 Alguns têm sido relutantes para dar a conhecer aos alunos as dificuldades financeiras das escolas; mas será muito melhor que eles vejam e compreendam a falta de meios, pois serão assim capazes de ajudar no fazer economia. Muitos dos que vêm às nossas escolas, provieram de lares destituídos de adornos, e onde foram acostumados a comer comida simples, sem muita variedade. Que influência terá nosso exemplo sobre esses? Ensinemos-lhes que, ao passo que temos tantos modos de gastar nossos recursos; enquanto milhares estão perecendo à míngua, morrendo de peste, de fome, por derramamento de sangue ou pelo fogo, cabe a cada um de nós considerar cuidadosamente, não adquirir coisas desnecessárias simplesmente para satisfazer o apetite ou por amor da aparência. TS2 468 1 Caso nossas escolas sejam bem orientadas, não se acumularão débitos, e todavia os alunos terão conforto, e a mesa será provida com bastante alimento bom e nutritivo. Nossa economia nunca deveria ser daquela espécie que leve a alimentar os alunos de modo deficiente. Eles devem ter abundância de alimento saudável. Ajuntem, porém, os encarregados da cozinha as sobras, para que nada se perca. TS2 468 2 Ensinem-se os alunos a conservarem cuidadosamente o que lhes pertence, bem como o que é da escola. Importa fazê-los compreender o dever de limitarem toda despesa desnecessária, seja na escola, seja quando viajam indo para casa ou vindo. A abnegação é coisa essencial. Precisamos dar ouvidos às instruções dadas, porquanto nos vamos aproximando do fim do tempo. Seremos cada vez mais obrigados a planejar, idear e fazer economia. Não podemos dirigir como se tivéssemos um banco de onde pudéssemos sacar em ocasião de emergência; portanto não nos devemos meter em dificuldades. Como indivíduos e administradores das instituições do Senhor, teremos de cortar necessariamente tudo quanto vise mera ostentação, pondo as despesas dentro dos estreitos limites de nossas rendas. Boa administração TS2 468 3 A administração financeira de algumas de nossas escolas pode ser grandemente melhorada. Mais sabedoria, mais capacidade mental, devem ser empregadas no trabalho. Cumpre introduzir mais métodos práticos a fim de deter o aumento de despesas, o que daria em resultado o meter-se em débitos. Em Battle Creek e College View, tem-se empregado demasiado capital em prédios, e foi gasto mais que o necessário em mobiliar os internatos. TS2 468 4 Quando os diretores de uma escola verificam que ela não está satisfazendo as despesas correntes, e estão-se contraindo dívidas, devem proceder como os equilibrados homens de negócio, e mudar seus métodos e planos. Quando se demonstra ao fim de um ano que a direção financeira foi errada, dê-se ouvido à voz da sabedoria. Haja decidida reforma. Os professores devem manifestar excelência cristã no pensar e planejar séria e solidamente para melhorar a situação. Cumpre-lhes aderir de coração aos planos do administrador, partilhando-lhe as preocupações. Despesas de educação baixas TS2 469 1 Em algumas de nossas escolas, o preço da instrução tem sido demasiado baixo. Isto tem sido em muitos sentidos prejudicial ao trabalho educativo. Tem trazido compromissos desanimadores; lançado sobre a administração contínua suspeita de não calcularem bem, de falta de economia e de planejar erroneamente; isto tem causado desânimo aos professores, levando o povo a exigir preços correspondentemente baixos em outras escolas. Seja qual for o motivo que tenha levado a fazer os preços da pensão escolar abaixo do custo de vida, o fato de a escola estar ficando grandemente atrasada é suficiente razão para reconsiderar os planos, e ajustar o que ela cobra de maneira a produzir futuramente outros resultados. A quantia cobrada pela pensão escolar e cama e mesa, deve ser suficiente para pagar os ordenados do corpo docente, prover a mesa com abundância de comida saudável e nutritiva, manter o mobiliário dos quartos, atender à conservação dos edifícios e a outras despesas correntes necessárias. Isto é questão importante, e não admite cálculos estreitos, mas uma investigação cabal. É preciso o conselho do Senhor. A escola deve ter renda suficiente, não só para pagar as necessárias despesas correntes, mas para poder prover aos alunos, durante o período escolar, alguns aparelhamentos essenciais a seu trabalho. TS2 469 2 Importa não acumular dívidas período após período. A mais alta espécie de educação que se possa ministrar, é fugir de incorrer em débitos, como evitaríeis a doença. Quando passa ano após, ano, e não há sinal de diminuir a dívida, antes aumentando, é preciso fazer alto. O diretor deve dizer: "Recusamo-nos a prosseguir na direção da escola, a menos que se imagine um sistema eficaz." Seria melhor, muito melhor, fechar a escola até que os dirigentes aprendessem a ciência de administrá-la sobre bases compensadoras. Por amor de Cristo, como o povo escolhido de Deus, aplicai-vos ao trabalho, e iniciai um são sistema financeiro em nossas escolas. TS2 470 1 Sempre que se torna preciso elevar os preços, em qualquer escola, seja primeiro o assunto exposto aos patrocinadores dessa escola, mostrando-lhes que os pagamentos foram feitos muito baixos e que, em resultado, estão-se acumulando dívidas sobre a instituição, prejudicando e entravando-lhe a obra. Talvez o elevar devidamente os preços ocasione diminuição na matrícula, mas o maior número de alunos não devia causar tanto regozijo como a libertação do débito. TS2 470 2 Um dos resultados das pequenas contribuições em Battle Creek, tem sido o ajuntamento de maior número de alunos e de famílias em um lugar, do que é prudente. Se dois terços do povo de Battle Creek fossem lavoura do Senhor em outras partes, teriam espaço para se desenvolver. Maiores proveitos haveriam aparecido, se parte do tempo e da energia dedicados à escola maior de Battle Creek a fim de conservá-la em favoráveis condições, houvesse sido empregada em outras localidades onde há margem para empreendimentos agrícolas a serem promovidos como parte da educação. Houvesse acaso havido boa vontade de seguir os caminhos do Senhor em Seus planos, muitos estabelecimentos estariam agora florescendo em outros lugares. TS2 470 3 Repetidamente nos tem vindo a palavra do Senhor, dizendo que deve haver outros estabelecimentos, tanto igrejas como escolas, em outras localidades, que há demasiado peso de responsabilidades em um lugar. Tire-se o povo dos grandes centros, e estabeleça-se interesse em outros lugares, é a recomendação feita. Houvessem estas instruções sido atendidas, houvessem sido distribuídos os recursos, o dinheiro dispendido nos edifícios a mais em Battle Creek haveria fartamente proporcionado dois novos edifícios em outras localidades, e os três haveriam crescido e dado frutos como não se têm visto, por haverem os homens preferido seguir sua própria sabedoria. TS2 471 1 Dizem os irmãos que ministros e pais alegam que há dezenas e dezenas de jovens em nossas fileiras que necessitam das vantagens oferecidas em nossas escolas missionárias, os quais não as podem cursar a menos que a despesa seja menor. Mas os que pleiteiam pagamentos mais baixos devem ponderar cuidadosamente todos os lados da questão. Se os alunos não podem por si mesmos dispor de suficientes recursos para pagar a despesa real de bom e fiel trabalho em sua educação, não seria melhor que os pais, amigos, as igrejas a que eles pertencem ou irmãos de coração generoso e liberal da Associação de que eles fazem parte, os ajudassem, do que se trouxesse sobre a escola um fardo de dívidas? Seria muito melhor que os muitos patrocinadores da instituição partilhassem da despesa, do que ela incorrer em débitos. TS2 471 2 É preciso imaginarem-se métodos de impedir a acumulação de dívidas sobre nossas instituições. Não se deve permitir que toda a causa sofra em virtude de compromissos que nunca serão saldados a menos que haja inteira mudança, e o trabalho seja levado avante em base diversa. Que todos quantos tiveram parte em permitir que essa nuvem de débitos baixasse sobre eles, sintam agora ser seu dever fazerem o que lhes for possível a fim de a dissipar. Auxílio a alunos merecedores TS2 471 3 Às igrejas das diferentes localidades cumpre sentir que repousa sobre elas solene responsabilidade de preparar os jovens e cultivar os talentos para se empenharem em obra missionária. Quando vêem na igreja rapazes ou moças promissores de virem a tornar-se úteis obreiros, mas que não se podem manter a si mesmos na escola, devem assumir a responsabilidade de os mandar a uma de nossas escolas missionárias. Há nas igrejas excelentes capacidades, as quais precisam ser encaminhadas para o serviço. Pessoas há que prestariam bom serviço na vinha do Senhor, mas muitas são demasiado pobres para, sem assistência, obterem a educação de que necessitam. As igrejas devem considerar privilégio tomar parte em custear as despesas dessas pessoas. TS2 472 1 As pessoas que têm no coração a verdade, têm sempre a alma aberta, ajudando no que é necessário. Elas abrem o caminho, e outros seguem-lhes o exemplo. Caso haja alguns que devam ser favorecidos com a escola, mas não possam pagar toda a despesa escolar, mostrem as igrejas sua liberalidade em ajudá-las. TS2 472 2 Além disto, deve-se arrecadar em cada Associação um fundo para emprestar a dignos estudantes pobres que se desejam consagrar à obra missionária; e em alguns casos devem mesmo receber como dádiva. Ao iniciar-se o colégio de Battle Creek, colocou-se no escritório da Review and Herald um fundo para benefício dos que desejassem preparar-se, mas não tivessem meios. Isto foi usado por vários estudantes, até que conseguissem um bom impulso; depois pagavam de seus ganhos o que haviam retirado, de modo que outros tivessem por sua vez o benefício daquele fundo. É preciso que os jovens compreendam claramente que se devem esforçar o quanto possível para abrir o próprio caminho, pagando assim em parte as próprias despesas. O que custa pouco, em pouco também será apreciado. Mas o que envolve um custo mais ou menos aproximado a seu real valor, será proporcionalmente estimado. Ensinar a depender de si mesmo TS2 472 3 Por preceito e por exemplo, ensinai a abnegação, a economia, a generosidade, o esforço próprio. Todo aquele que possui um caráter verdadeiro, estará habilitado a fazer face às dificuldades, e será pronto em seguir um "Assim diz o Senhor". Os homens não se acham preparados para compreender sua obrigação para com Deus enquanto não houverem aprendido na escola de Cristo a usar-Lhe o jugo da restrição e obediência. O sacrifício é justo o princípio de nossa obra no promover a verdade e estabelecer instituições. Constitui parte essencial da educação. O sacrifício deve tornar-se habitual em toda a edificação de nosso caráter nesta vida, se quisermos ter um edifício não feito com mãos, eterno, no Céu. TS2 473 1 Em virtude de errôneas idéias relativamente ao dispêndio do dinheiro, a juventude está exposta a muitos perigos. Não devem ser carregados, suprindo-se-lhes dinheiro como se houvesse inexaurível abastecimento de onde pudessem tirar para satisfação de toda suposta necessidade. O dinheiro é para ser considerado um dom de Deus a nós confiado para efetuar Sua obra, promover-Lhe o reino, e os jovens devem aprender a restringir os próprios desejos. Ensinai que ninguém corrompa suas faculdades no agradar-se e satisfazer-se a si mesmo. Aqueles a quem Deus dotou de habilidade para adquirir meios se acham para com Ele na obrigação de empregar esses meios, mediante a sabedoria comunicada pelo Céu, para glória de Seu nome. Todo cruzeiro gasto para satisfação própria, ou dado a amigos prediletos que o vão gastar para satisfação do orgulho e do egoísmo, é roubado ao tesouro de Deus. O dinheiro gasto em roupas para agradar à vista é tanto, que poderia haver sido empregado para promover a obra de Deus em novos lugares. Oh! que Deus desse a todos um verdadeiro senso do que significa ser cristão! É ser semelhante a Cristo, e Cristo não viveu para Se agradar a Si mesmo. O dever de nossas associações TS2 473 2 Nossas Associações olham para as escolas em busca de obreiros educados e bem preparados, e deviam dar-lhes, a essas escolas, um apoio mais caloroso e inteligente. Tem sido comunicada positiva luz para que os que ministram em nossas escolas ensinando a Palavra de Deus, explicando as Escrituras, educando os alunos nas coisas divinas, sejam sustentados com o dinheiro do dízimo. Estas instruções foram dadas há muito tempo, e mais recentemente têm sido aqui e ali repetidas. TS2 473 3 Onde quer que sejam estabelecidas escolas, devem-se prover diretores sábios, "homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza", homens que façam tudo quanto lhes é possível nas várias responsabilidades de sua posição. Devem ser dotados de capacidade para os negócios, porém é ainda de maior importância que andem humildemente diante de Deus e sejam guiados pelo Espírito Santo. Esses homens serão ensinados por Deus, e buscarão conselho de irmãos dados à oração. TS2 474 1 Os que dirigem nossas escolas devem trabalhar impelidos por motivos puros. Em sua abnegação, lembrar-se-ão que outras partes da grande seara exigirão os mesmos recursos para a escola que lhes está ao cargo. Lembrarão, em todos os planos, que se devem preservar a igualdade e a unidade. Hão de calcular cuidadosamente o custo de todo empreendimento, e esforçar-se-ão por não absorver tão grande soma de dinheiro que privem outros campos dos necessários recursos. TS2 474 2 Muito freqüentemente ministros têm sido levados a assumir responsabilidades de que não eram de maneira alguma aptos a desempenhar-se. Colocai tais encargos sobre homens que são dotados de tato comercial, que se podem dedicar aos negócios, que podem visitar as escolas e manter um relatório das condições financeiras, e que também são aptos a dar instruções quanto a manter a contabilidade. O trabalho da escola deve ser inspecionado várias vezes por ano. Desempenhem os ministros o papel de conselheiros, mas não se coloquem sobre eles as responsabilidades financeiras. Inspeção pelo revisor da associação geral TS2 474 3 A luz que me foi dada pelo Senhor, é que homens prudentes, homens de capacidade financeira, visitem nossas escolas em todos os países, e mantenham o controle de sua situação econômica. Esse assunto não deve ser deixado a cargo dos ministros ou dos membros da comissão, que não dispõem de tempo para assumir esse encargo. Tampouco se deve pôr sobre os mestres essa responsabilidade. Essas questões de negócios escolares exigem talento que ainda não foi provido. TS2 474 4 Caso os dirigentes houvessem exercitado clara percepção no passado, as desanimadoras condições financeiras que tanto têm estorvado a Causa nos últimos anos nunca teriam existido. TS2 474 5 Se nossa obra educativa houvesse sido levada avante em harmonia com as instruções dadas para nossa direção, não pairaria hoje sobre nossas instituições a pesada sombra de dívidas. As finanças das escolas junto às igrejas TS2 475 1 Os mesmos princípios que, quando seguidos, trazem êxito e bênçãos a nossas escolas e colégios missionários, devem reger nossos planos quanto às escolas junto às igrejas. Que todos partilhem das despesas. Cuide a igreja que todos quantos devem receber os benefícios da escola a freqüentem realmente. As famílias pobres devem ser ajudadas. Não nos podemos chamar verdadeiros missionários, se negligenciarmos aqueles que, mesmo às nossas portas, se encontram na idade mais crítica, necessitados de nosso auxílio a fim de adquirir conhecimento e experiência que os habilitem para o serviço de Deus. TS2 475 2 O Senhor quer que envidemos os maiores esforços na educação de nossos filhos. Genuína obra missionária feita por professores diariamente ensinados por Deus, traria muitas almas ao conhecimento da verdade tal como é em Jesus, e as crianças assim educadas comunicarão a outros a luz e o conhecimento recebidos. Darão os membros da igreja os meios necessários para avançar a causa de Cristo entre os outros, deixando os próprios filhos promoverem o serviço e obra de Satanás? TS2 475 3 Ao serem estabelecidas as escolas junto às igrejas, o povo de Deus verificará que é para eles valiosa educação o aprenderem a dirigir uma escola de maneira que venha a ser um êxito no sentido financeiro. Caso isto não possa ser conseguido, fechem a escola até que, com o auxílio de Deus, arranjem-se planos próprios para levá-la avante sem a mancha de débitos. Os livros devem ser revisados uma, duas e três vezes anualmente, por homens de capacidade financeira, de modo a verificar-se o verdadeiro estado da escola, e ver que não tenham lugar aí grandes despesas que venham a resultar em acumulação de compromissos. Devemos fugir de dívidas como de lepra. TS2 475 4 Muitos de nossos jovens que desejam educar-se, pouco se preocupam com envolver-se em débitos. Consideram o estudo dos livros como a principal maneira de se educar. Não compreendem o valor da educação nos negócios práticos, e ficam satisfeitos com o passarem anos a se instruir com recursos de outros, em vez de o fazerem com o próprio trabalho. Não analisam os resultados disto. Não raciocinam da causa para o efeito. TS2 476 1 Freqüentemente a conseqüência dessa direção, é um desproporcionado desenvolvimento das faculdades. O aluno não compreende os pontos fracos de seu caráter; não avalia as próprias deficiências. Com o depender dos outros, perde uma experiência da vida prática, que difícil lhe será recuperar. Não aprende a dependência de si mesmo. Não aprende a exercer fé. A fé genuína habilitará a alma a erguer-se e sair de um estado imperfeito, atrasado, e compreender o que seja a verdadeira sabedoria. Caso os alunos desenvolvam o cérebro, a estrutura óssea e os músculos, de maneira harmônica, serão mais capazes de estudar, mais habilitados a fazer face às realidades da vida. Mas no caso de seguirem as próprias idéias errôneas acerca do que constitui a educação, não virão a ser homens e mulheres feitos por si mesmos, bem aparelhados. ------------------------Capítulo 67 -- O desígnio de Deus quanto a nossas instituições médicas TS2 477 1 Toda instituição estabelecida pelos adventistas do sétimo dia, deve ser para o mundo o que foi José para o Egito, e o que Daniel e seus companheiros foram para Babilônia. Quando, na providência de Deus, esses escolhidos foram levados cativos, foi para levarem às nações pagãs as bênçãos que sobrevêm à humanidade mediante o conhecimento de Deus. Cumpria-lhes ser representantes de Jeová. Nunca deveriam transigir com os idólatras; sua fé religiosa e seu nome como adoradores do Deus vivo, cumpria-lhes considerar honra especial. TS2 477 2 E assim fizeram. Na prosperidade e na adversidade, honraram a Deus, e Deus os honrou. TS2 477 3 Chamado da prisão -- servo de cativos, presa da ingratidão e da malignidade -- José se demonstrou fiel à sua aliança com o Deus do Céu. E todo o Egito se maravilhou da sabedoria do homem a quem Deus instruíra. Faraó "fê-lo senhor da sua casa, e governador de toda a sua fazenda; para, a seu gosto, sujeitar os seus príncipes, e instruir os seus anciãos". Salmos 105:21, 22. Não somente ao povo do Egito, mas a todas as nações ligadas com aquele poderoso reino, Deus Se manifestou por intermédio de José. Desejava torná-lo um portador de luz a todos os povos, e colocou-o como o segundo no trono do maior império da Terra, a fim de que a iluminação celeste se estendesse por perto e por longe. Por sua sabedoria e justiça, pela pureza e a benevolência de sua vida diária, por sua devoção aos interesses do povo -- e esse povo uma nação de idólatras -- José foi um representante de Cristo. Em seu benfeitor, para quem todo o Egito se volvia com gratidão e louvor, aquele povo gentio, e por meio dele todas as nações com quem estavam em contato, deviam contemplar o amor de seu Criador e Redentor. TS2 478 1 Assim, em Daniel, Deus colocou uma luz ao lado do trono do maior império do mundo, para todos quantos quisessem aprender acerca do Deus vivo e verdadeiro. Reuniam-se, nas cortes de Babilônia, representantes de todas as terras, homens de talentos os mais seletos, os homens mais ricamente dotados de dons naturais, e possuidores da mais elevada cultura que este mundo podia proporcionar; todavia entre eles todos, os cativos hebreus eram inigualáveis. Na resistência física e na beleza, no vigor mental e nas consecuções literárias, no poder espiritual e na visão, eram sem rival. "E em toda a matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino." Daniel 1:20. Ao mesmo tempo que era fiel a seus deveres na corte do rei, tão fielmente mantinha Daniel sua lealdade a Deus, que Ele o pôde honrar como mensageiro Seu ao monarca babilônio. Por meio dele foram revelados os mistérios do futuro, e o próprio Nabucodonosor foi constrangido a reconhecer o Deus de Daniel como "Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos". Daniel 2:47. TS2 478 2 Da mesma maneira devem as instituições estabelecidas hoje pelo povo de Deus glorificar-Lhe o nome. O único modo por que podemos satisfazer-Lhe a expectativa, é ser representantes da verdade para este tempo. Deus deve ser reconhecido nas instituições estabelecidas pelos adventistas do sétimo dia. Por meio delas deve a verdade para este tempo ser apresentada perante o mundo com poder convincente. Representar o caráter de Deus TS2 478 3 Somos chamados a representar perante o mundo o caráter de Deus, tal como ele foi revelado a Moisés. Em resposta à oração de Moisés: "Rogo que me mostres a Tua glória", o Senhor prometeu: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti." "Passando pois o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniqüidade, e a transgressão e o pecado." Êxodo 33:18, 19; 34:6, 7. Tal é o fruto que Deus deseja de Seu povo. Na pureza de seu caráter, na santidade de sua vida, em sua misericórdia e longanimidade e compaixão, devem eles demonstrar que "a lei do Senhor é perfeita, e converte a alma". Salmos 19:7 (TT). TS2 479 1 O desígnio de Deus para Suas instituições hoje em dia, pode-se ver também no que Ele buscou realizar por meio da nação judaica. Era Seu intento, por meio de Israel, comunicar ricas bênçãos a todos os povos. Por intermédio deles devia o caminho ser preparado para a difusão de sua luz a todo o mundo. As nações do mundo, seguindo costumes corruptos, haviam perdido o conhecimento de Deus. Todavia, em Sua misericórdia, Deus não os exterminou. Propôs-Se a dar-lhes oportunidade de se familiarizarem com Ele por meio de Sua igreja. Era Seu desígnio que os princípios revelados mediante Seu povo, fossem os meios de restaurar no homem a imagem moral de Deus. TS2 479 2 Cristo era seu instrutor. Quando estava com eles no deserto, e da mesma maneira depois de seu estabelecimento na Terra Prometida, era ainda seu Mestre e Guia. No tabernáculo e no templo, Sua glória pousava no Shekinah, sobre o propiciatório. Em favor deles manifestava constantemente as riquezas de Seu amor e paciência. TS2 479 3 Deus desejava fazer de Seu povo Israel um louvor e uma glória. Toda vantagem espiritual lhes foi dada. Deus não reteve deles coisa alguma propícia à formação do caráter que os tornaria Seus representantes. TS2 479 4 Sua obediência às leis de Deus os tornaria uma maravilha de prosperidade perante as nações do mundo. Aquele que lhes poderia dar sabedoria e habilidade em toda obra de arte, continuaria a ser seu mestre e os enobreceria e elevaria por meio da obediência a Suas leis. Caso fossem obedientes, seriam guardados das doenças que afligiam outras nações, e seriam abençoados com vigor intelectual. A glória de Deus, Sua majestade e poder, revelar-se-iam em toda a sua prosperidade. Eles deviam ser um reino de sacerdotes e príncipes. Deus lhes proveu todos os recursos para se tornarem a maior nação da Terra. TS2 480 1 Da maneira mais definida, Deus pôs diante deles, por meio de Moisés, o Seu desígnio, e tornou claras as condições de sua prosperidade. "Porque povo santo és ao Senhor teu Deus", disse Ele; "o Senhor teu Deus te escolheu, para que Lhe fosses o Seu povo próprio, de todos os povos que na Terra há. ... Saberás pois que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e guardam os Seus mandamentos. ... Será pois que, se, ouvindo estes juízos, os guardardes e fizerdes, o Senhor teu Deus te guardará o concerto e a beneficência que jurou a teus pais, e amar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará multiplicar. ... Bendito serás mais do que todos os povos." Deuteronômio 7:6-14. TS2 480 2 "Hoje declaraste ao Senhor que te será por Deus, e que andarás nos Seus caminhos, e guardarás os Seus estatutos, e os Seus mandamentos, e os Seus juízos, e darás ouvidos à Sua voz. E o Senhor hoje te fez dizer que Lhe serás por povo Seu próprio, como te tem dito, e que guardarás todos os Seus mandamentos. Para assim te exaltar sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória, e para que sejas um povo santo ao Senhor teu Deus, como tem dito." Deuteronômio 26:17-19. TS2 480 3 Nessas palavras acham-se expostas as condições de toda a verdadeira prosperidade, condições que, para satisfazerem o desígnio de sua fundação, todas as nossas instituições precisam cumprir. Fundadas em princípios bíblicos TS2 480 4 O Senhor deu-me anos atrás esclarecimentos especiais quanto ao estabelecimento de uma instituição de saúde, onde os doentes pudessem ser tratados por maneira de todo diversa das que são seguidas em qualquer outra instituição do mundo. Ela seria fundada e dirigida sobre princípios bíblicos, como instrumento do Senhor, e devia ser em Suas mãos um dos mais eficazes meios para transmitir luz ao mundo. Era desígnio de Deus que ela se destacasse em capacidade científica, em poder moral e espiritual e como fiel sentinela da reforma em toda a sua conduta. Todos quantos desempenhem uma parte nela, devem ser reformadores, respeitando-lhe os princípios, e dando atenção à luz da reforma da saúde, a qual incide sobre nós como um povo. TS2 481 1 Deus visava que a instituição por Ele estabelecida fosse um foco de luz, constituísse uma advertência e uma reprovação. Queria provar ao mundo que uma instituição dirigida por princípios religiosos, como um asilo para os doentes, poderia ser mantida sem sacrificar o caráter santo, que lhe é peculiar; que ela se poderia manter livre dos aspectos objetáveis que se encontram em outras instituições de saúde. Seria um instrumento na promoção de grandes reformas. TS2 481 2 O Senhor revelou que a prosperidade do sanatório não dependeria apenas do conhecimento e perícia de seus médicos, mas do favor de Deus. Ele devia ser conhecido como uma instituição onde Deus era reconhecido como o Monarca do Universo, instituição sob Seu especial controle. Seus dirigentes tinham de dar a Deus o primeiro e o último e o melhor lugar em tudo. E nisto estaria sua força. Caso fosse dirigida de maneira que o Senhor pudesse aprovar, teria grande êxito, e estaria na dianteira de todas as instituições congêneres mantidas pelo mundo. Grande luz, grande conhecimento, e privilégios superiores lhe foram conferidos. E, em harmonia com a luz recebida, seria a responsabilidade daqueles a quem estava confiado o andamento da instituição. TS2 481 3 Ao passo que nossa obra se tem estendido e as instituições se têm multiplicado, os desígnios de Deus ao estabelecê-las permanece o mesmo. As condições de prosperidade são imutáveis. Promulgar os princípios de saúde TS2 482 1 A família humana está sofrendo por causa da transgressão das leis de Deus. O Senhor deseja que os homens sejam levados a compreender a causa de seus sofrimentos e o único meio de encontrar alívio. Deseja que vejam que seu bem-estar -- físico, mental e moral -- depende da obediência a Sua lei. É Seu desígnio que nossas instituições sejam lições práticas, mostrando os resultados da obediência aos retos princípios. TS2 482 2 Grande obra tem de ser realizada na promulgação dos princípios sanitários, ao preparar-se um povo para a segunda vinda do Senhor. O povo deve ser instruído com relação às necessidades do organismo e ao valor do viver saudável tal como é ensinado nas Escrituras, para que o corpo criado por Deus possa ser-Lhe apresentado como sacrifício vivo, apto a prestar-Lhe serviço aceitável. Há uma grande obra a ser realizada pela humanidade sofredora, em aliviar-lhe as penas mediante o emprego de agentes naturais providos por Deus, e em ensinar-lhes a evitar a doença pelo controle do apetite e das paixões. Cumpre ensinar ao povo que a transgressão das leis da Natureza é transgressão das leis de Deus. Ensinar-lhes no sentido físico, da mesma maneira que no espiritual, a verdade de que "o temor do Senhor encaminha para a vida". Provérbios 19:23. "Se queres, porém, entrar na vida", disse Jesus, "guarda os mandamentos." Mateus 19:17. Guarda "a Minha lei, como a menina dos teus olhos". Provérbios 7:2. Os mandamentos de Deus, uma vez obedecidos, são "vida para os que os acham, e saúde para o seu corpo". Provérbios 4:22. TS2 482 3 Nossos sanatórios são uma força educadora para ensinar o povo a esse respeito. Os que são ensinados podem por sua vez comunicar a outros o conhecimento dos princípios restauradores e conservadores da saúde. Assim nossos sanatórios devem ser instrumento em alcançar o povo, agência em mostrar-lhes o mal de desprezar as leis da vida e da saúde, e em ensinar a conservar o corpo nas melhores condições. Devem-se estabelecer sanatórios nos diferentes países penetrados pelos missionários, os quais devem ser centros de onde se irradie uma obra de cura, restauração e educação. Instrumento salvador de almas TS2 483 1 Cumpre-nos trabalhar tanto pela saúde física, como pela salvação da alma. Nossa missão é a mesma de nosso Mestre, de quem está escrito que andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo. Atos dos Apóstolos 10:38. Acerca de Sua própria obra, diz Ele: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim; porque Me ungiu, para pregar boas novas aos mansos." "Enviou-Me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; a pôr em liberdade os oprimidos." Isaías 61:1; Lucas 4:18, 19. Ao seguirmos o exemplo de Cristo, de trabalhar pelo bem dos outros, despertaremos o interesse deles no Deus a quem amamos e servimos. TS2 483 2 Em todos os seus departamentos, nossos sanatórios devem ser monumentos a Deus, instrumentos Seus em semear a semente da verdade no coração humano. E isto serão eles, caso sejam bem administrados. TS2 483 3 A verdade viva de Deus deve ser dada a conhecer em nossas instituições médicas. Muitas das pessoas que a elas vão, acham-se famintas e sedentas da verdade, e quando ela é devidamente apresentada, recebem-na com alegria. Nossos sanatórios têm sido o meio de exaltar a verdade para este tempo, e apresentá-la perante milhares de pessoas. A influência religiosa de que essas instituições se acham impregnadas, inspira confiança a seus hóspedes. A certeza de que o Senhor ali preside, e as muitas orações feitas pelos doentes, impressionam os corações. Muitos que nunca haviam pensado no valor da alma, são convencidos pelo Espírito de Deus, e não poucos são levados a mudar todo o curso de sua vida. Causam-se impressões que jamais se delirão, em muitos que têm estado satisfeitos consigo mesmos, que têm julgado suficientes suas próprias normas de caráter, e não sentiam nenhuma necessidade da justiça de Cristo. Ao sobrevir a prova futura, quando lhes for dada iluminação, não poucos deles colocar-se-ão ao lado do povo remanescente de Deus. TS2 484 1 Deus é honrado por instituições dirigidas dessa maneira. Em Sua misericórdia, Ele tornou os sanatórios um tal poder no alívio do sofrimento físico, que milhares a eles têm sido atraídos a fim de se curarem de suas enfermidades. E em muitos, a cura do corpo é acompanhada da restauração da alma. Recebem do Salvador o perdão dos pecados. Recebem a graça de Cristo e se identificam com Ele, com Seus interesses, Sua honra. Muitos saem de nossos sanatórios com corações novos. A mudança é decisiva. Voltando para o lar, essas pessoas são como luzes no mundo. O Senhor as torna testemunhas Suas. Seu testemunho é: "Vi Sua grandeza, tenho provado Sua bondade. 'Vinde, e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que Ele tem feito à minha alma.'" Salmos 66:16. TS2 484 2 Assim, mediante a prosperidade trazida pela mão de Deus, nossos sanatórios têm sido o meio de realizar grande bem. E têm de crescer ainda mais. Deus cooperará com o povo que O honrar. TS2 484 3 Maravilhosa é a obra que Deus pretende realizar por intermédio de Seus servos, para que Seu nome seja glorificado. O Senhor fez de José uma fonte de vida para a nação egípcia. Por meio de José, foi conservada a vida de todo aquele povo. Por meio de Daniel, Deus salvou a vida de todos os sábios de Babilônia. E esses livramentos foram como lições práticas; ilustraram ao povo as bênçãos espirituais a eles proporcionadas mediante a ligação com o Deus a quem José e Daniel adoravam. Assim, por intermédio de Seu povo hoje, Deus deseja trazer bênçãos ao mundo. TS2 484 4 Todo obreiro em cujo coração Cristo habita, todo aquele que manifeste Seu amor ao mundo, é um colaborador de Deus para bênção da humanidade. À medida que ele recebe do Salvador graça para comunicar aos outros, emana de todo o seu ser uma onda de vida espiritual. Cristo veio como grande Médico para curar as feridas produzidas pelo pecado na família humana; e Seu Espírito, operando por intermédio de Seus servos, comunica aos seres humanos enfermos de pecado e sofredores, poderosa virtude curadora, eficaz para o corpo e para a alma. "Naquele dia", dizem as Escrituras, "haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, contra o pecado, e contra a impureza." Zacarias 13:1. As águas dessa fonte possuem propriedades medicinais que hão de curar tanto as enfermidades físicas, como as espirituais. TS2 485 1 Dessa fonte emana o poderoso rio visto na visão de Ezequiel. "Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas. E será que toda a criatura vivente que vier por onde quer que entrarem estes dois ribeiros viverá. ... E junto do ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer: não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto. Nos seus meses produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio." Ezequiel 47:8-12. TS2 485 2 Tal rio de vida e de cura Deus designa que, mediante Seu poder operando por eles, sejam nossos sanatórios. TS2 485 3 Nossos sanatórios devem mostrar ao mundo a beneficência do Céu; e embora a presença visível de Cristo não seja percebida no edifício, todavia os obreiros podem reclamar a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. ------------------------Capítulo 68 -- O trabalho do médico, por almas TS2 486 1 Todo o que exerce a medicina pode, pela fé em Cristo ter em sua posse uma cura do mais alto valor, um remédio para a alma enferma de pecado. O médico convertido e santificado pela verdade, é registrado no Céu como um cooperador de Deus, um seguidor de Jesus Cristo. Mediante a santificação da verdade, o Senhor dá aos médicos e enfermeiras sabedoria e habilidade no tratar os enfermos, e essa obra vai abrindo a porta firmemente cerrada de muitos corações. Homens e mulheres são levados a compreender a verdade necessária para salvar a alma bem como o corpo. TS2 486 2 Esse é um elemento que dá nome à obra para este tempo. A obra médico-missionária é como o braço direito da terceira mensagem angélica, que deve ser proclamada ao mundo caído; e os médicos, os dirigentes, e os obreiros em qualquer ramo, desempenhando-se fielmente de sua parte, estão fazendo a obra da mensagem. Assim o som da verdade irá a toda nação e tribo e língua e povo. Nesse trabalho, os anjos fazem uma parte. Despertam gozo e melodia espirituais no coração dos que foram libertados do sofrimento, e ascendem a Deus ações de graças dos lábios de muitos que receberam a preciosa verdade. TS2 486 3 Todo médico em nossas fileiras deve ser cristão. Unicamente os que são genuínos cristãos bíblicos se podem desempenhar devidamente dos altos deveres de sua profissão. TS2 486 4 O médico que compreende a responsabilidade de sua posição sentirá a necessidade da presença de Cristo com ele em sua obra em benefício daqueles por quem foi feito tal sacrifício. Subordinará tudo aos mais elevados interesses que dizem respeito à vida que pode ser salva para a eternidade. Fará tudo ao seu alcance para salvar tanto o corpo como a alma. Procurará fazer justamente a obra que Cristo faria se estivesse em seu lugar. O médico que ama a Cristo e às almas por quem Cristo morreu, buscará fervorosamente levar para o quarto do doente uma folha da árvore da vida. Ele procurará partir o pão da vida com o sofredor. Não obstante os obstáculos e dificuldades a serem enfrentados, essa é a obra sagrada, solene da profissão médica. TS2 487 1 A verdadeira obra missionária é aquela em que a obra do Salvador é mais bem representada, mais exatamente copiados os Seus métodos, Sua glória melhor promovida. A obra missionária que falta em atingir a esta norma, é registrada no Céu como deficiente. É pesada na balança do santuário e achada em falta. Encaminhar os pacientes a Cristo TS2 487 2 Os médicos devem procurar encaminhar o espírito dos doentes para Cristo, o Médico da alma e do corpo. Aquilo que os doutores apenas podem tentar fazer, Cristo realiza. O agente humano esforça-se para prolongar a vida. Cristo é a própria vida. Aquele que passou pela morte a fim de destruir o que tem o império da morte, é a Fonte de toda vitalidade. Há bálsamo em Gileade, há aí Médico. Cristo suportou morte angustiosa sob as mais humilhantes circunstâncias, para que pudéssemos viver. Depôs Sua vida preciosa a fim de vencer a morte. Mas surgiu da tumba, e as dezenas de milhares de anjos que vieram assistir o retomar Ele a vida que depusera, ouviram-Lhe as palavras de triunfante alegria quando Ele Se ergueu do fendido sepulcro de José, proclamando: "Eu sou a ressurreição e a vida." TS2 487 3 A pergunta: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" foi respondida. Ao sofrer a pena do pecado, baixando à sepultura, Cristo iluminou-a para todos quantos morrem na fé. Deus em forma humana, trouxe à luz vida e incorrupção pelo evangelho. Morrendo, assegurou Cristo a vida eterna a todos quantos nEle crêem. Morrendo, condenou o originador do pecado e da deslealdade a sofrer a pena do pecado -- morte eterna. TS2 488 1 Possuidor e doador da vida eterna, Cristo era o único Ser que podia vencer a morte. Ele é nosso Redentor; e bem-aventurado é todo médico que, no verdadeiro sentido da palavra, é um missionário, um salvador de almas por quem Cristo deu a vida. Tal médico aprende dia a dia do Grande Médico a velar e trabalhar pela salvação de almas e corpos de homens e mulheres. O Salvador acha-Se presente na câmara do enfermo, na sala de operação; e Seu poder opera grandes coisas para glória do Seu nome. TS2 488 2 O médico pode efetuar um nobre trabalho, uma vez que esteja ligado ao Grande Médico. Ele pode achar ensejo de dirigir palavras de vida aos familiares do doente, cujo coração está cheio de simpatia pelo sofredor; e pode acalmar e erguer o espírito do paciente levando-o a olhar Àquele que pode salvar perfeitamente todos quantos com Ele vão ter em busca de salvação. Os anjos impressionarão a mente TS2 488 3 Quando o Espírito de Deus opera na mente do enfermo, levando-o a indagar a verdade, trabalhe o médico pela preciosa alma como Cristo o faria. Não insistais com ele sobre qualquer doutrina especial, mas encaminhai-o a Jesus como o Salvador que perdoa o pecado. Os anjos de Deus impressionarão a mente. Alguns se recusarão a ser iluminados pela luz que Deus deseja fazer brilhar nas recâmaras da mente e no templo da alma; muitos, porém, corresponderão a essa luz, e desses espíritos serão banidos o engano e o erro em suas diferentes formas. TS2 488 4 Toda oportunidade de trabalhar como Cristo o fez, deve ser cuidadosamente aproveitada. O médico deve falar acerca das obras de cura realizadas por Cristo, de Sua benignidade e amor. Ele deve crer que Jesus é seu companheiro, que lhe está mesmo ao lado. "Somos cooperadores de Deus." 1 Coríntios 3:9. Nunca deve o médico negligenciar o encaminhar o espírito dos doentes para Cristo, o Médico dos médicos. Uma vez que ele tenha o Salvador no coração, seus pensamentos serão sempre dirigidos ao Restaurador do corpo e da alma. Conduzirá a mente dos aflitos Àquele que pode restaurar, que, quando na Terra, restituía o enfermo à saúde, e curava a alma da mesma maneira que o corpo, dizendo: "Filho, perdoados estão os teus pecados." Marcos 2:5. TS2 489 1 Jamais a familiaridade com o sofrimento deve fazer com que o médico se torne descuidoso ou destituído de compaixão. Em casos de doenças perigosas, o enfermo sente achar-se à mercê do médico. Olha-o como sua esperança terrestre, e o médico deve sempre encaminhar a alma tremente Àquele que lhe é superior, ao Filho de Deus, que deu a vida a fim de salvá-lo da morte, que Se compadece do sofredor e que, por Seu divino poder, dará habilidade e sabedoria a todos quantos Lhas peçam. TS2 489 2 Quando o paciente ignora qual o desenlace de seu caso, é a ocasião de o médico impressionar-lhe a mente. Não o deve fazer movido do desejo de distinguir-se, mas a fim de dirigir a alma para Cristo como um Salvador pessoal. Caso a existência seja poupada, há uma alma por quem cumpre ao médico velar. O paciente acha que o médico é a própria vida de sua vida. E para que fim deve essa grande confiança ser empregada? Sempre para ganhar uma alma para Cristo, e engrandecer o poder de Deus. TS2 489 3 Quando a crise houver passado e manifestar-se o êxito, seja o doente um crente ou não, consagrem-se alguns momentos a orar com ele. Exprimi vosso reconhecimento pela vida que foi poupada. O médico que segue essa orientação, leva seu paciente Àquele de quem ele depende quanto à vida. Palavras de gratidão podem brotar da parte do doente para com o médico, pois por Deus, ele ligou essa vida com a sua; mas sejam os louvores e as ações de graças dados a Deus como Aquele que, embora invisível, Se acha presente. TS2 489 4 No leito de enfermidade Cristo é com freqüência aceito e confessado; e isto será mais comum no futuro do que tem sido no passado, pois o Senhor fará uma obra apressada em nosso mundo. Nos lábios do médico devem achar-se palavras de sabedoria, e Cristo regará a semente semeada, fazendo com que dê fruto para a vida eterna. Velar pelas almas TS2 490 1 Perdemos as mais preciosas oportunidades por negligenciar dizer uma boa palavra a seu tempo. Demasiadas vezes um talento precioso que devia produzir mil vezes mais, é deixado inútil. Caso não estejamos alerta para o áureo privilégio, ele passará. Deixou-se que qualquer coisa impedisse que o médico fizesse a obra que lhe era designada como ministro da justiça. TS2 490 2 Não há muitos médicos piedosos para ministrarem em sua profissão. Há muito trabalho a ser feito, e os ministros e os médicos devem trabalhar em perfeita união. Lucas, autor do Evangelho que traz o seu nome, é chamado "o médico amado", e os que fazem obra semelhante à sua, estão vivendo o evangelho. TS2 490 3 Inúmeras são as oportunidades do médico para advertir o impenitente, animar o desconsolado e sem esperança, e prescrever para saúde da mente e do corpo. Ao instruir assim o povo nos princípios da verdadeira temperança, e como guardião de almas aconselhar aos que se acham física e mentalmente enfermos, o médico está desempenhando sua parte na grande obra de preparar um povo para o Senhor. Eis o que a obra médico-missionária tem de realizar em sua relação para com a terceira mensagem angélica. TS2 490 4 Os ministros e os médicos devem trabalhar harmonicamente e com zelo para salvar almas que estão sendo emaranhadas nas redes de Satanás. Cumpre-lhes dirigir homens e mulheres a Jesus, sua justiça, sua força, e a saúde de sua face. Cumpre-lhes velar continuamente pelas almas. Alguns há que estão lutando com fortes tentações, em perigo de serem vencidos na luta com os agentes satânicos. Passá-los-eis por alto, sem lhes dar assistência? Caso vejais uma alma em necessidade de auxílio, entrai em conversa com ela, mesmo que a não conheçais. Orai com ela. Encaminhai-a a Jesus. TS2 491 1 Esta obra pertence tão certamente ao médico como ao ministro. Mediante esforço público e particular, o médico deve procurar atrair almas a Cristo. TS2 491 2 Em todos os nossos empreendimentos e em todas as nossas instituições, Deus deve ser reconhecido como o Obreiro Mestre. Os médicos devem conduzir-se como representantes Seus. A fraternidade médica tem feito muitas reformas, e cumpre-lhes avançar ainda. Aqueles que têm nas mãos a vida de criaturas humanas, devem ser educados, dignos, santificados. Então o Senhor operará por meio deles com poderosa força para glorificar Seu nome. TS2 491 3 A obra de Cristo em favor do paralítico é uma ilustração da maneira por que devemos trabalhar. Por meio dos amigos ouvira ele falar de Jesus, e pedira para ser levado à presença do Poderoso Restaurador. O Salvador sabia que o paralítico andava torturado pelas sugestões dos sacerdotes, de que por causa de seus pecados, Deus o havia rejeitado. Portanto, Sua primeira obra foi dar-lhe paz de espírito. "Filho", disse, "perdoados estão os teus pecados". Esta certeza encheu-lhe o coração de paz e alegria. Mas alguns dos presentes começaram a murmurar, dizendo em seu coração: "Quem pode perdoar pecados, senão Deus?" Então, para que soubessem que o Filho do homem tinha poder de perdoar pecados, Cristo disse ao enfermo: "Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa." Isto mostra como o Salvador ligava a obra da pregação da verdade e a de curar os doentes. ------------------------Capítulo 69 -- A necessidade do mundo TS2 492 1 Ao ver Cristo a multidão que se reunia em torno dEle, "teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor". Cristo via as enfermidades, as dores, a carência e degradação das multidões que Lhe embargavam os passos. Eram-Lhe apresentadas as necessidades e misérias da humanidade em todo o mundo. Entre os mais altos e os mais humildes, os mais honrados e os mais degradados, via almas anelando as próprias bênçãos que Ele viera trazer, almas que necessitavam apenas conhecer-Lhe a graça para se tornarem súditos de Seu reino. "Então disse aos Seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para Sua seara." Mateus 9:36-38. TS2 492 2 Hoje existem as mesmas necessidades. O mundo carece de obreiros que trabalhem como Cristo fazia pelos aflitos e os pecadores. Há, na verdade, uma multidão a ser alcançada. O mundo está cheio de doenças, sofrimentos, misérias e pecados. Cheio de criaturas necessitadas de quem delas cuide -- o fraco, o desamparado, o ignorante, o degradado. TS2 492 3 Muitos dos jovens desta geração, entre as igrejas, as instituições religiosas e os lares professadamente cristãos, estão escolhendo o caminho da destruição. Devido a hábitos de intemperança, trazem doenças sobre si mesmos, e movidos da ganância de ganhar dinheiro para as satisfações pecaminosas, caem em práticas desonestas. Arruínam a saúde e o caráter. Separados de Deus e rejeitados pela sociedade, essas pobres almas sentem-se destituídas de esperança tanto para esta vida como para a futura. O coração dos pais é quebrantado. Os homens falam desses errantes como de casos desesperançados, mas Deus os contempla terna e compassivamente. Compreende todas as circunstâncias que os levaram a cair em tentação. Esta é uma classe que demanda trabalho em seu favor. TS2 493 1 Perto e longe há almas, não somente jovens mas de todas as idades, na pobreza e na miséria, imersas no pecado e vergadas ao sentimento da culpa. É a obra dos servos de Deus buscar essas almas, orar com elas e por elas, e levá-las passo a passo ao Salvador. TS2 493 2 Os que não reconhecem os direitos de Deus, porém, não são os únicos que se acham em aflição e necessitados de auxílio. No mundo atual, esse mundo onde reinam o egoísmo, a ganância e a opressão, muitos dos verdadeiros filhos do Senhor se acham necessitados e aflitos. Muitos estão, nos lugares humildes e miseráveis, rodeados de pobreza, doenças e culpas, suportando pacientemente o próprio fardo de sofrimento, e procurando confortar o desalentado e ferido pelo pecado que lhe está em torno. Muitos deles são quase desconhecidos às igrejas ou aos ministros; são no entanto luzes do Senhor, brilhando por entre as trevas. Desses tem o Senhor especial cuidado, e chama Seu povo a que Lhe sirvam de mão auxiliadora no suprir-lhes as faltas. Onde quer que haja uma igreja, deve-se dispensar especial atenção a procurar essa classe e ajudá-la. Aproximar-se das classes mais altas TS2 493 3 E ao mesmo tempo que trabalhamos pelos pobres, devemos dar atenção também aos ricos, cujas almas são igualmente preciosas aos olhos de Deus. Cristo trabalhou por todos quantos Lhe ouviam a palavra. Buscava não somente o publicano e o rejeitado, como o rico e o culto fariseu, o nobre judeu e a autoridade romana. O homem rico necessita de que se trabalhe com ele no amor e temor de Deus. Muito freqüentemente ele confia em suas riquezas e não sente o próprio perigo. Os bens do mundo, confiados pelo Senhor aos homens, são muitas vezes fonte de grande tentação. Milhares são assim levados a pecaminosas condescendências que os confirmam em hábitos de intemperança e vício. Entre as arruinadas vítimas da miséria e do pecado, encontram-se muitos que dantes se achavam de posse de riquezas. Homens de vocações e situações várias na vida, foram vencidos pelas corrupções do mundo, pelo uso de bebida forte, pela condescendência com as concupiscências da carne, e caíram em tentação. Ao mesmo tempo que esses caídos nos despertam compaixão e requerem nosso auxílio, não devemos também dedicar alguma atenção aos que ainda não desceram às profundezas, mas estão pondo os pés na mesma estrada? Milhares há, que ocupam posição de honra e utilidade, os quais estão cedendo a hábitos que significam ruína para o corpo e a alma. Não se deve fazer o mais diligente esforço a fim de os esclarecer? TS2 494 1 Ministros do evangelho, estadistas, escritores, homens de fortuna e de talento, homens de vasta capacidade na esfera dos negócios e de energia para serem úteis, acham-se em perigo mortal por não verem a necessidade de estrita temperança em tudo. Importa chamar-lhes a atenção para os princípios de temperança, não de maneira estreita ou arbitrária, mas em face do grande desígnio de Deus para a humanidade. Pudessem os princípios da verdadeira temperança lhes ser assim apresentados, e muitos membros das classes mais elevadas reconheceriam seu valor e os acolheriam de coração. Voltar-se para as riquezas eternas TS2 494 2 Há outro perigo a que as classes abastadas se acham especialmente expostas, e também aí há um campo para a obra médico-missionária. Multidões prósperas no mundo, e que nunca descem às formas comuns de vício, são ainda levadas à destruição pelo amor das riquezas. Absorvidas com os tesouros terrenos que possuem, são insensíveis aos reclamos de Deus e às necessidades de seus semelhantes. Em vez de considerar a própria riqueza como um talento a ser empregado para a glória de Deus e o erguimento da humanidade, olham-na como um meio de condescender consigo mesmos e de se glorificarem a si. Ajuntam casa a casa, terra a terra, enchem suas moradas de luxos, ao passo que a necessidade caminha pelas ruas, e ao seu redor tudo são criaturas humanas mergulhadas na miséria e no crime, na doença e na morte. Os que assim se dedicam a servir ao próprio eu, desenvolvem em si, não os atributos de Deus, mas os de Satanás. TS2 495 1 Tais pessoas se acham carecidas do evangelho. É preciso que volvamos os seus olhos da vaidade das coisas materiais, para contemplar a preciosidade das riquezas eternas. Precisam aprender a alegria de dar, a bênção de serem colaboradores de Deus. TS2 495 2 As pessoas dessa classe são muitas vezes as de mais difícil acesso, mas Cristo abrirá caminhos pelos quais possam ser alcançadas. Que os mais sábios, mais confiantes, mais esperançosos obreiros procurem essas almas. Com a sabedoria e o tato nascidos do divino amor, com a cortesia e a delicadeza que resultam unicamente da presença de Cristo na alma, trabalhem eles pelos que, deslumbrados pelo brilho das riquezas terrenas, não vêem a glória dos tesouros celestes. TS2 495 3 Estudem os obreiros a Bíblia com eles, forcejando por introduzir-lhes a verdade sagrada no coração. Lede-lhes as palavras de Deus: "Mas vós sois dEle em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria e justiça, e santificação, e redenção." "Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor." "Em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua obra." "O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus." 1 Coríntios 1:30; Jeremias 9:23, 24; Efésios 1:7; Filipenses 4:19. TS2 495 4 Tal apelo, feito no espírito de Cristo, não será considerado impertinente. Impressionará o espírito de muitos da classe mais elevada. TS2 496 1 Mediante esforços feitos com sabedoria e amor, muito rico poderá ser despertado para o senso de sua responsabilidade para com Deus. Quando se faz claro que o Senhor espera que eles, como representantes Seus, aliviem a humanidade sofredora, muitos corresponderão e darão de seus meios e simpatia para benefício dos pobres. Quando o espírito for assim desviado de seus interesses egoístas, muitos serão levados a se entregarem a Cristo. Com seus talentos de influência e recursos, unir-se-ão de bom grado à obra de beneficência com o humilde missionário que foi instrumento de Deus em sua conversão. Pelo devido emprego de seus tesouros terrenos, ajuntarão "tesouro no Céu que nunca acabe, onde não chega ladrão e a traça não rói". Assegurarão para si o tesouro que a sabedoria oferece, isto é, "riquezas duráveis e justiça". TS2 496 2 Observando nossa vida, o povo do mundo forma sua opinião de Deus e da religião de Cristo. Todos quantos não conhecem a Cristo, precisam de que os elevados, nobres princípios de Seu caráter sejam constantemente mantidos diante deles na vida dos que O conhecem. Satisfazer esta necessidade, levar a luz do amor de Cristo aos lares dos grandes e dos humildes, dos ricos e dos pobres, é o alto dever e o precioso privilégio do médico-missionário. TS2 496 3 "Vós sois o sal da Terra", disse Cristo a Seus discípulos; e por estas palavras estava Ele falando aos Seus obreiros de hoje. Se sois sal, contendes salvadoras propriedades, e a virtude de vosso caráter possuirá uma influência salvadora. Restaurar os caídos TS2 496 4 Ainda que um homem haja imergido às próprias profundezas do pecado, há possibilidade de salvá-lo. Muitos perderam o senso das realidades eternas, perderam a semelhança com Deus e mal sabem se têm uma alma a salvar ou não. Nem têm fé em Deus nem confiança no homem. Mas podem compreender e apreciar atos de simpatia e assistência práticas. Ao verem uma pessoa que, sem visar louvores ou recompensas terrenos, vão a seus infelizes lares, tratando o doente, dando de comer ao faminto, vestindo o nu e encaminhando ternamente todos para Aquele de cujo amor e compaixão o obreiro humano é simples mensageiro -- ao verem isto, seu coração é tocado. Desperta-se a gratidão. Acende-se a fé. Vêem que Deus cuida deles, e ficam preparados a escutar quando lhe abrem a Palavra divina. TS2 497 1 Muitos penosos esforços serão necessários nessa obra de restauração. Não se devem fazer chocantes comunicações de doutrinas estranhas a essas almas; à medida, porém, que são ajudadas materialmente, cumpre apresentar a verdade para este tempo. Homens, mulheres e jovens precisam ver a lei de Deus com suas reivindicações de vasto alcance. Não são as vicissitudes, a labuta ou a pobreza que degradam a humanidade; é o pecado, a transgressão da lei de Deus. Os esforços desenvolvidos para salvar os párias e os degradados não terão proveito algum, a menos que o espírito e o coração seja impressionados com os reclamos da lei de Deus e a necessidade de lealdade para com Ele. Deus não exige coisa alguma que não seja precisa para ligar a humanidade com Ele. "A lei do Senhor é perfeita, e converte a alma. ... O mandamento do Senhor é puro, e esclarece os olhos." Salmos 19:7, 8 (TT). "Pela palavra dos Teus lábios", diz o salmista, "me guardei as veredas do destruidor." Salmos 17:4. TS2 497 2 Os anjos estão ajudando nesta obra de restaurar os caídos e levá-los de volta Àquele que deu a vida para os redimir, e o Espírito Santo está cooperando com o ministério dos instrumentos humanos a fim de despertar as faculdades morais mediante Sua obra no coração, convencendo do pecado, da justiça e do juízo. TS2 497 3 Ao se consagrarem os filhos de Deus a essa obra, muitos se hão de agarrar à mão que lhes é estendida para os salvar. São constrangidos a se desviar dos maus caminhos. Alguns dentre os libertados podem-se erguer, por meio da fé em Cristo, a elevadas posições de serviço, sendo-lhes confiadas responsabilidades na obra de salvar almas. Conhecem por experiência as necessidades daqueles por quem trabalham, e sabem como os podem auxiliar; sabem quais os meios melhores a serem usados para recuperar os que se acham prestes a perecer. Enchem-se de gratidão para com Deus pelas bênçãos recebidas; o coração é-lhes avivado pelo amor, e suas energias fortalecidas para erguerem outros que jamais o poderiam fazer sem auxílio. Tomando a Bíblia como guia, e o Espírito Santo como ajudador e consolador, vêem abrir-se diante deles uma nova carreira. Cada uma dessas almas acrescentadas ao corpo de obreiros, provida de facilidades e de instrução quanto à maneira de salvar almas para Cristo, torna-se uma colaboradora dos que lhe trouxeram a luz da verdade. Assim Deus é honrado, e promovida Sua verdade. TS2 498 1 O mundo não será tão convencido pelo que o púlpito ensina, como pelo que a igreja vive. O pregador anuncia a teoria do evangelho, mas a piedade prática da igreja demonstra-lhe o poder. ------------------------Capítulo 70 -- A necessidade da igreja TS2 499 1 Ao passo que o mundo necessita simpatia, orações e assistência do povo de Deus, ao passo que precisa ver a Cristo na vida de Seus seguidores, o povo de Deus se acha em igual necessidade de ocasiões de exercer simpatia, de dar eficácia a suas orações e desenvolver neles um caráter segundo o modelo divino. TS2 499 2 É para proporcionar essas oportunidades que Deus colocou entre nós os pobres, os desafortunados, os doentes e sofredores. São o legado de Cristo a Sua igreja, e devem ser cuidados como Ele o faria. Assim tira Deus a escória e purifica o ouro, dando-nos aquela cultura de coração e de caráter que nos é necessária. TS2 499 3 O Senhor poderia levar avante Sua obra sem nossa cooperação. Não depende de nós quanto a dinheiro, tempo ou trabalho. Mas a igreja é muito preciosa a Seus olhos. É o escrínio que encerra Suas jóias, o redil que Lhe abriga as ovelhas, e anela vê-la sem mácula nem ruga ou coisa semelhante. Anseia por ela com inexprimível amor. Eis porque nos tem dado oportunidades de trabalhar para Ele, e aceita-nos os serviços como testemunhos de amor e lealdade. TS2 499 4 Ao colocar os pobres e sofredores entre nós, o Senhor está-nos provando a fim de revelar-nos o que está em nosso coração. Não podemos, sem incorrer em risco, esquivar-nos aos princípios, não podemos violar a justiça, não podemos negligenciar a misericórdia. Ao vermos um irmão em decadência, não devemos passar de largo, mas fazer decididos e imediatos esforços para cumprir a Palavra de Deus, ajudando-o. Não podemos trabalhar em contrário às especiais direções de Deus, sem que o resultado de nossa obra se reflita sobre nós. Importa que fique firmemente assente, arraigado e cimentado na consciência que não nos será benéfico qualquer coisa, em nossa conduta, que desonre a Deus. TS2 500 1 Deve ser escrito na consciência, como com pena de ferro sobre a rocha, que aquele que despreza a misericórdia, a compaixão e a justiça, o que negligencia o pobre, que passa por alto as necessidades da humanidade sofredora, que não é bondoso e cortês, está-se conduzindo de maneira que Deus não pode cooperar com ele no desenvolvimento do caráter. O cultivo do espírito e do coração opera-se mais facilmente quando sentimos tão terna compaixão pelos outros, que oferecemos nossos benefícios e privilégios a fim de suprir-lhes as necessidades. Adquirir e segurar tudo quanto nos é possível para nós mesmos, tende a empobrecer a alma. Mas todos os atributos de Cristo aguardam a recepção dos que fazem a própria obra que Deus lhes designou, trabalhando à maneira de Cristo. TS2 500 2 Nosso Redentor envia Seus mensageiros a darem testemunho perante Seu povo. Ele diz: "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." Apocalipse 3:20. Muitos, porém, recusam recebê-Lo. O Espírito Santo espera para abrandar e submeter o coração; porém eles não estão dispostos a abrir a porta e deixar o Salvador entrar, por temor de que Ele lhes exija alguma coisa. E assim Jesus de Nazaré passa. Anseia conceder-lhes as ricas bênçãos de Sua graça, mas recusam aceitá-las. Que terrível coisa é excluir a Cristo de Seu próprio templo! Que prejuízo para a igreja! Representar a Cristo TS2 500 3 As boas obras nos custam sacrifícios, mas é no próprio sacrifício que elas provêem a disciplina. Essas obrigações nos põem em conflito com os sentimentos e propensões naturais, e em cumpri-las obtemos vitória após vitória sobre os traços objetáveis de nosso caráter. A luta prossegue, e assim crescemos na graça. Assim refletimos a imagem de Cristo, e nos preparamos para um lugar entre os bem-aventurados no reino de Deus. TS2 501 1 Aos que transmitem aos necessitados o que recebem do Mestre, acompanharão bênçãos, tanto temporais, como espirituais. Jesus operou um milagre a fim de alimentar os cinco mil, uma multidão fatigada e faminta. Procurou um lugar aprazível para acomodá-los, e mandou-os sentar. Tomou, então, os cinco pães e os dois peixinhos. Sem dúvida foram feitas muitas observações quanto à impossibilidade de satisfazer cinco mil homens famintos, além de mulheres e crianças, com aquela escassa provisão. Mas Jesus deu graças, e pôs a comida nas mãos dos discípulos para ser distribuída. Eles deram à multidão a comida que lhes aumentava nas mãos. E quando ela havia comido, os próprios discípulos sentaram-se e comeram com Cristo da provisão fornecida pelo Céu. Isto é uma preciosa lição para cada seguidor de Cristo. TS2 501 2 A religião pura e imaculada é "visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo". Tiago 1:27. Os membros de nossa igreja acham-se em grande necessidade de conhecimento da piedade prática. Precisam praticar a abnegação e o sacrifício. Precisam dar provas ao mundo de que se assemelham a Cristo. Portanto, a obra que Cristo exige deles não é para ser feita por procuração, colocando em alguma comissão ou instituição o encargo que eles próprios devem assumir. Cumpre-lhes tornar-se semelhantes a Cristo no caráter mediante o dar de seus meios e tempo, sua simpatia e esforço pessoal, o ajudar o enfermo, o confortar o contristado, aliviar o pobre, animar o abatido, esclarecer as almas em trevas, encaminhar os pecadores a Cristo, impressionar os corações com a obrigação de observar a lei Deus. TS2 501 3 O povo está observando e pesando os que pretendem crer nas verdades especiais para este tempo. Estão observando a ver em que sua vida e conduta representam a Cristo. Empenhando-se humilde e zelosamente na obra de fazer bem a todos, o povo de Deus exercerá uma influência que testificará em toda vila e cidade em que a verdade penetrar. Se todos quantos conhecem a verdade se apoderarem dessa obra segundo se apresentarem as oportunidades, praticando dia a dia pequenos atos de amor na vizinhança, onde moram, Cristo será manifesto aos seus vizinhos. O evangelho revelar-se-á um poder vivo, e não fábulas artificialmente compostas ou ociosas especulações. Revelar-se-á como uma realidade, não o resultado da imaginação ou do entusiasmo. Isto será de mais conseqüência do que sermões ou profissões de credo. TS2 502 1 Satanás está jogando com toda alma a partida da vida. Sabe que a simpatia prática é uma prova de pureza e desprendimento do coração, e fará todo esforço possível para fechar-nos o coração às necessidades dos outros, para que fiquemos afinal impassíveis à vista do sofrimento. Ele introduzirá muitas coisas a fim de impedir a expressão de amor e simpatia. Foi assim que ele arruinou Judas. Este cuidava continuamente de beneficiar-se a si mesmo. Nisto representa vasta classe de professos cristãos de hoje. Precisamos, portanto, refletir sobre seu caso. Achamo-nos tão perto de Cristo como ele estava. Todavia se, como aconteceu com Judas, a associação com Cristo não nos torna um com Ele, se isso não cultiva em nosso coração sincera simpatia por aqueles por quem Cristo deu a vida, encontramo-nos no mesmo perigo em que estava Judas de ficar separados de Cristo, joguetes das tentações de Satanás. TS2 502 2 Cumpre-nos guardar-nos do primeiro desvio da justiça; pois uma transgressão, uma negligência em manifestar o espírito de Cristo, abre caminho para outra e outra ainda, até que a mente é dominada pelos princípios do inimigo. Caso seja cultivado, o espírito de egoísmo se torna uma paixão devoradora, que coisa alguma senão o poder de Cristo pode subjugar. A mensagem de Isaías cinqüenta e oito TS2 503 1 Não posso ser demasiado veemente em insistir com todos os membros de nossas igrejas, todos quantos são verdadeiros missionários, todos quantos crêem na terceira mensagem angélica, todos quantos desviam o pé do sábado, para considerarem a mensagem do capítulo cinqüenta e oito de Isaías. A obra de beneficência recomendada nesse capítulo, é a obra que Deus requer de Seu povo neste tempo. É uma obra indicada por Ele próprio. Não somos deixados em dúvida quanto ao lugar da mensagem, e ao tempo de seu assinalado cumprimento, pois lemos: "E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar." V. 12. O memorial de Deus, o sábado do sétimo dia, o sinal de Sua obra em criar o mundo, foi removido pelo homem do pecado. O povo de Deus tem uma obra especial a fazer em reparar as brechas feitas em Sua lei; e quanto mais nos aproximamos do fim, tanto mais urgente se torna essa obra. Todos quantos amam a Deus mostrarão que Lhe trazem o sinal pela guarda de Seus mandamentos. Eles são os restauradores de veredas para morar. Diz o Senhor: "Se desviares o teu pé do sábado, e de fazeres a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso,... então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó." Vs. 13 e 14. Assim o genuíno trabalho médico-missionário acha-se inseparavelmente ligado à observância dos mandamentos de Deus, dos quais o sábado é especialmente mencionado, uma vez que é o grande memorial da obra criadora de Deus. Sua observância está ligada com a obra de restaurar a imagem moral de Deus no homem. Este é o ministério que o povo de Deus deve levar avante neste tempo. Este ministério, quando devidamente cumprido, trará ricas bênçãos à igreja. TS2 503 2 Necessitamos, como crentes em Cristo, de uma fé maior. Importa que sejamos mais fervorosos na oração. Muitos cogitam por que suas orações são tão sem vida, tão fraca e vacilante a sua fé, sua vida cristã tão sombria e incerta. Não temos nós jejuado, dizem, e andado "de luto diante do Senhor dos Exércitos?" No capítulo cinqüenta e oito de Isaías, Cristo mostrou como se podem mudar essas condições. Diz Ele: "Porventura não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? e, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?" Vs. 6 e 7. Eis a receita prescrita por Cristo para a alma desfalecida, duvidosa, tremente. Que os tristes, que andam de luto diante de Deus, levantem-se, e ajudem alguém que está em necessidade. Cooperar com Deus TS2 504 1 Toda igreja se acha necessitada do poder regedor do Espírito Santo, e é agora o tempo de orar por ele. Mas em todo o trabalho de Deus pelo homem, Seus desígnios são que este coopere com Ele. Para isto, o Senhor roga à igreja que tenha maior piedade, mais justo senso de dever, mais clara compreensão de suas obrigações para com seu Criador. Roga-lhes que sejam um povo puro, santificado, ativo. E a obra de auxílio cristão é um dos meios de operar isto, pois o Espírito comunica com todos os que estão fazendo o serviço de Deus. TS2 504 2 Aos que se acham empenhados nesta obra, eu quero dizer: Continuai a trabalhar com tato e habilidade. Despertai vossos companheiros para trabalhar sob algum nome com o qual se organizem para cooperar em ação harmônica. Aliciai os rapazes e as moças das igrejas para trabalhar. Aliai a obra médico-missionária com a proclamação da terceira mensagem angélica. Fazei esforços regulares, organizados, para erguer os membros da igreja acima da atmosfera morta em que se têm achado por anos. Enviai às igrejas obreiros que vivam os princípios da reforma da saúde. Sejam enviadas pessoas que sintam a necessidade de abnegação no apetite, do contrário serão um laço para a igreja. Vede então se um sopro de vida não se apoderará de nossas igrejas. Importa introduzir na obra um novo elemento. O povo de Deus precisa compreender sua grande necessidade e perigo, e lançar mãos à obra que lhes fica mais perto. TS2 505 1 O Salvador está sempre presente com os que se empenham nesta obra, dizendo uma palavra a tempo e fora de tempo, ajudando os necessitados, falando-lhes do maravilhoso amor de Cristo por eles, e impressiona o coração dos pobres e miseráveis e infelizes. Quando a igreja aceita a obra que lhe é dada por Deus, tem a promessa: "Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda." Cristo é nossa justiça; vai adiante de nós nesta obra, e a glória do Senhor o acompanha. TS2 505 2 Tudo quanto o Céu contém está à espera para ser sacado por toda alma que trabalhe com Cristo. Quando os membros de nossa igreja encetarem individualmente o trabalho que lhes é indicado, serão circundados por uma atmosfera totalmente diversa. Seus labores serão acompanhados de bênção e poder. Experimentarão mais elevado cultivo de espírito e coração. O egoísmo que lhes atava a alma será vencido. Sua fé será um princípio vivo. Serão mais fervorosas as orações. A vivificante e santificadora influência do Espírito Santo será derramada sobre eles, e serão levados mais perto do reino de Deus. TS2 505 3 O Salvador desconhece tanto casta como posição, tanto as honras mundanas como as riquezas. É o caráter e dedicação de propósito, que são de alto valor para Ele. Não toma partido ao lado dos fortes e dos favorecidos pelo mundo. Ele, o Filho do Deus vivo, inclina-Se para erguer os caídos. Por meio de promessas e palavras de segurança, busca atrair a Si a alma perdida e prestes a perecer. Os anjos de Deus estão observando a ver quais de Seus seguidores exercerão terna compaixão e simpatia. Observam a ver quais dentre o povo de Deus manifestarão o amor de Jesus. TS2 506 1 Os que avaliam a miséria do pecado, e a divina compaixão de Cristo em Seu infinito sacrifício pelo homem caído, terão comunhão com Cristo. Seu coração estará cheio de benignidade; a expressão da fisionomia e o tom da voz manifestarão simpatia, seus esforços caracterizar-se-ão por sincera solicitude, amor e energia, e ajudados por Deus, serão uma força em ganhar almas para Cristo. TS2 506 2 Todos nós precisamos semear uma colheita de paciência, compaixão e amor. Ceifaremos aquilo que estamos semeando. Nosso caráter está-se formando agora para a eternidade. Estamo-nos exercitando aqui na Terra para o Céu. Tudo devemos à graça, abundante graça, graça soberana. A graça no concerto ordenou nossa adoção. A graça no Salvador, efetuou nossa redenção, regeneração e adoção a co-herdeiros de Cristo. Manifeste-se aos outros esta mesma graça. ------------------------Capítulo 71 -- Nosso dever para com os domésticos da fé TS2 507 1 Há duas classes de pobres que temos sempre ao nosso alcance -- os que se arruínam a si mesmos por sua maneira de agir independente e que continuam na transgressão, e os que por amor da verdade foram levados a circunstâncias difíceis. Devemos amar nosso próximo como a nós mesmos, e então, a ambas essas classes, sob a guia e conselho de uma sã prudência, faremos o que for justo. TS2 507 2 Não há dúvidas quanto aos pobres do Senhor. Estes devem ser ajudados em todo caso em que isto seja para seu benefício. TS2 507 3 Deus quer que Seu povo revele ao mundo pecador que Ele não os deixou a perecer. Devem-se envidar especiais esforços para ajudar os que foram expulsos de seus lares por amor da verdade, sendo obrigados a sofrer. Haverá mais e mais necessidade de corações largos, francos, e generosos, corações que se neguem a si mesmos e lancem mãos dos casos desses mesmos a quem o Senhor ama. Os pobres entre o povo de Deus não devem ser deixados sem providências a suas necessidades. Cumpre encontrar algum meio pelo qual possam ter a subsistência. Alguns precisarão ser ensinados a trabalhar. Outros, que trabalham ao máximo de suas forças a fim de sustentar a família, necessitarão especial assistência. Devemos interessar-nos nesses casos e ajudá-los a encontrar emprego. Deve haver um fundo para ajudar essas dignas famílias pobres que amam a Deus e guardam Seus mandamentos. TS2 507 4 É preciso cuidar que os meios necessários a essa obra não sejam desviados para outros desígnios. É diferente se ajudamos os pobres que, devido a observarem os mandamentos de Deus, são reduzidos à escassez e sofrimento, ou se negligenciamos estes a fim de ajudar os blasfemos que pisam aos pés esses mandamentos. E o Senhor considera a diferença. Os observadores do sábado não devem passar pelos necessitados e aflitos do Senhor, e tomarem sobre si o sustentarem os que continuam em transgressão da lei de Deus, os que estão sendo educados a esperar auxílio de quem quer que for que os sustente. Esta não é a verdadeira espécie de obra missionária. Não está em harmonia com o plano do Senhor. TS2 508 1 Sempre que se estabelece uma igreja, seus membros devem fazer uma obra fiel pelos crentes necessitados. Não se devem, porém, deter aí. Devem também ajudar a outros, independente de sua fé. Em resultado de tais esforços, alguns desses receberão as verdades especiais para este tempo. Os pobres, os doentes e os velhos TS2 508 2 "Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos em alguma das tuas portas, na tua terra que o Senhor teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre; antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade. Guarda-te, que não haja palavra de Belial no teu coração, dizendo: Vai-se aproximando o sétimo ano, o ano da remissão; e que o teu olho seja maligno para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada; e que ele clame contra ti ao Senhor, e que haja pecado em ti. Livremente lhe darás, e que o teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te abençoará o Senhor teu Deus em toda a tua obra, e em tudo no que puseres a tua mão. Pois nunca cessará o pobre do meio da Terra; pelo que te ordeno, dizendo: Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o teu pobre na tua terra." Deuteronômio 15:7-11. TS2 508 3 Devido a certas circunstâncias, alguns dos que amam e obedecem a Deus caem em pobreza. Outros não são cuidadosos; não sabem se dirigir. Outros ainda são pobres por causa de doenças e infortúnios. Seja qual for a causa, acham-se necessitados, e o ajudá-los é importante ramo da obra missionária. TS2 509 1 Todas as nossas igrejas devem cuidar de seus pobres. Nosso amor para com Deus deve exprimir-se no fazer bem aos necessitados e sofredores da família da fé, cujas precisões nos chegam ao conhecimento e exigem nosso cuidado. Toda alma se acha para com Deus sob particular obrigação de observar com especial compaixão Seus pobres dignos. Sob consideração alguma devem eles ser passados por alto. TS2 509 2 Escreve Paulo à igreja de Corinto: "Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia; como em muita prova de tribulação houve abundância de seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. Porque segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico), e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente, pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação destes serviços, que se fazia para com os santos. E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus. De maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe esta graça entre vós." TS2 509 3 Houvera uma fome em Jerusalém, e Paulo sabia que muitos dos cristãos se haviam dispersado, e que os que haviam ficado estariam da mesma maneira privados de simpatia humana e expostos à inimizade religiosa. Exortou, portanto, as igrejas a enviarem assistência pecuniária a seus irmãos em Jerusalém. A importância arrecadada pela igreja excedera à expectativa dos apóstolos. Constrangidos pelo amor de Cristo, os crentes deram liberalmente, e encheram-se de alegria por exprimirem assim sua gratidão ao Redentor e seu amor pelos irmãos. Isto é a verdadeira base da caridade, segundo a Palavra de Deus. TS2 509 4 A questão de cuidar de nossos irmãos e irmãs idosos destituídos de lar, é objeto de contínua insistência. Que se pode fazer por eles? O esclarecimento a mim dado pelo Senhor, é repetido: Não é melhor estabelecer instituições para cuidar dos velhos, para que eles fiquem juntos, na companhia uns dos outros. Nem eles devem ser mandados para fora do lar a fim de receberem cuidados. Que os membros de cada família ministrem aos próprios parentes. Quando isto não é possível, essa obra pertence à igreja, e deve ser aceita igualmente como dever e como privilégio. Todos os que têm o espírito de Cristo hão de considerar os débeis e idosos com especial respeito e ternura. TS2 510 1 Deus permite que os pobres se achem dentro dos limites de toda igreja. Eles estarão sempre conosco, e o Senhor põe sobre os membros de toda igreja uma responsabilidade pessoal de cuidar deles. Não devemos passar a outros nosso encargo. Cumpre-nos manifestar aos que se acham ao nosso redor o mesmo amor e simpatia que Cristo mostraria, caso estivesse em nosso lugar. Assim devemos ser disciplinados a fim de preparar-nos para trabalhar segundo Cristo. TS2 510 2 O ministro deve educar as várias famílias e fortalecer a igreja para cuidar dos próprios doentes e pobres. Ele deve levar o povo a exercitar as faculdades que Deus lhe deu, e se uma igreja está sobrecarregada nesse sentido, outras lhe devem chegar em auxílio. Exerçam os membros das igrejas engenho e tato no cuidar deles, do povo de Deus. Neguem-se eles a si mesmos luxos e adornos desnecessários, a fim de dar conforto aos sofredores necessitados. Assim fazendo, põem em prática as instruções dadas no capítulo cinqüenta e oito de Isaías, e pertencer-lhes-ão as bênçãos aí proferidas. ------------------------Capítulo 72 -- Nosso dever para com o mundo TS2 511 1 "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." Ele "enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele." João 3:16, 17. O amor de Deus abrange toda a humanidade. Ao dar a comissão aos discípulos, Cristo disse: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Marcos 16:15. TS2 511 2 Cristo pretendia que se fizesse em favor dos homens uma obra mais vasta do que a que temos visto até agora. Não pretendia que tão grande número preferisse ficar sob a bandeira de Satanás, e fossem alistados como rebeldes contra o governo de Deus. Não era desígnio do Redentor do mundo que a herança comprada por Ele vivesse e morresse em seus pecados. Por que, então, são tão poucos alcançados e salvos? É porque tantos dos que professam ser cristãos estão trabalhando no mesmo sentido do grande apóstata. Milhares que não conhecem a Deus, poder-se-iam estar hoje regozijando em Seu amor, caso os que professam servi-Lo trabalhassem como Cristo o fez. TS2 511 3 As bênçãos da salvação, as temporais bem como as espirituais, são para toda a humanidade. Muitos há que se queixam de Deus porque o mundo está tão cheio de necessidades e sofrimentos; Deus, porém, jamais pretendeu que esta miséria existisse. Ele nunca pretendeu que um homem tivesse abundância dos luxos da vida, ao passo que os filhos de outros chorassem por pão. O Senhor é um Deus de beneficência: Tomou amplas providências para as necessidades de todos, e mediante Seus representantes, aos quais confiou os Seus bens, quer que as necessidades de todas as Suas criaturas sejam supridas. TS2 512 1 Leiam os crentes na Palavra de Deus as instruções dadas em Levítico e Deuteronômio. Aí aprenderão eles a espécie de educação que era ministrada às famílias de Israel. Ao passo que o povo escolhido de Deus devia ficar distinto à parte, santo, separado das nações que O não conheciam, cumpria-lhes tratar bondosamente o estrangeiro. Este não devia ser desprezado por não pertencer a Israel. Os israelitas deviam amar o estrangeiro, porque Cristo morreu para salvá-lo da mesma maneira que para dar a salvação a Israel. Em suas festas de ações de graças, quando contavam as misericórdias do Senhor, o estrangeiro devia ser bem recebido. Por ocasião da colheita, deviam deixar no campo uma porção para o estrangeiro e o pobre. Assim deviam os estrangeiros partilhar também das bênçãos espirituais de Deus. O Senhor Deus de Israel ordenou que fossem recebidos, caso preferissem o convívio dos que O conheciam e reconheciam. Por esta maneira aprenderiam a lei de Jeová, e glorificá-Lo-iam por sua obediência. TS2 512 2 Assim hoje Deus deseja que Seus filhos, tanto nas coisas espirituais como nas temporais, comuniquem bênçãos ao mundo. Para todo discípulo de Cristo em todos os séculos, foram proferidas as preciosas palavras do Salvador: Dele correrão "rios de água viva". TS2 512 3 Mas em vez de distribuir os dons de Deus, muitos dos que professam ser cristãos acham-se fechados em seus próprios, estreitos interesses, e retêm egoistamente de seus semelhantes as bênçãos de Deus. TS2 512 4 Enquanto, em Sua providência, Deus tem carregado a Terra com Suas munificências, e enchido seus tesouros com os confortos da vida, a falta e a miséria encontram-se por toda parte. A liberal Providência tem colocado nas mãos de Seus instrumentos humanos com que suprir abundantemente as necessidades de todos, mas os mordomos de Deus são infiéis. Gasta-se no professo mundo cristão, em extravagâncias ostentosas, o suficiente para suprir as faltas a todos os famintos e vestir a todos os nus. Muitos que usam o nome de Cristo, estão empregando Seu dinheiro em prazeres egoístas, para satisfação do apetite, em bebida forte e dispendiosos artigos delicados, casas, mobílias e roupas de custo extravagante ao passo que aos pobres seres humanos em sofrimento, dificilmente concedem um olhar de piedade ou uma palavra de simpatia. O grande campo missionário local TS2 513 1 Que miséria existe no próprio centro de nossos chamados países cristãos! Pensai nas condições dos pobres de nossas grandes cidades. Há, nessas cidades, multidões de criaturas humanas que não recebem tanto cuidado e consideração quanto se dispensa aos animais. Há milhares de crianças miseráveis, rotas e meio famintas, tendo estampados no rosto o vício e a depravação. Arrebanham-se famílias em promiscuidade em míseros casebres, muitos deles escuros celeiros ressumando umidade e cheios de imundície. As crianças nascem nesses terríveis lugares. A infância e a juventude nada vêem de atrativo, nada de beleza natural das coisas criadas por Deus para deleite dos sentidos. As crianças são deixadas a crescer e formar o caráter segundo os baixos preceitos, a miséria, os maus exemplos que vêem em torno de si. O nome de Deus, só ouvem proferir de maneira profana. Palavras impuras, o cheiro das bebidas e do fumo, a degradação moral de toda espécie, eis o que se lhes depara aos olhos e perverte os sentidos. E dessas infelizes habitações partem lamentáveis clamores por pão e roupa, clamores saídos de lábios que nada sabem acerca da oração. TS2 513 2 Há uma obra a ser feita por nossas igrejas, da qual muitos mal fazem uma idéia, obra até aqui nem tocada, por assim dizer. "Tive fome", diz Cristo, "e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estava na prisão, e fostes ver-Me." Mateus 25:35, 36. Pensam alguns que, se dão dinheiro para esta obra, isto é tudo quanto deles se requer; mas isto é um erro. A dádiva do dinheiro não pode tomar o lugar do serviço pessoal. É direito dar de nossos meios, e muitos mais o deveriam fazer; é-lhes, porém, exigido o serviço pessoal segundo suas oportunidades e suas forças. TS2 514 1 A obra de recolher o necessitado, o oprimido, o aflito, o que sofreu perdas, é justamente a obra que toda igreja que crê na verdade para este tempo devia de há muito estar realizando. Cumpre-nos mostrar a terna simpatia do samaritano em acudir às necessidade físicas, alimentar o faminto, trazer para casa os pobres desterrados, buscando de Deus todo dia a graça e a força que nos habilitem a chegar às profundezas da miséria humana, e ajudar aqueles que absolutamente não se podem ajudar a si mesmos. Isto fazendo, temos favorável ensejo de apresentar a Cristo, o Crucificado. TS2 514 2 Todo membro de igreja deve considerar seu especial dever o trabalhar pela vizinhança. Cogitai a ver qual a melhor maneira de auxiliar os que não têm interesse nas coisas religiosas. Ao visitardes amigos e vizinhos, manifestai interesse em seu bem-estar temporal e espiritual. Apresentai a Cristo como o Salvador que perdoa o pecado. Convidai os vizinhos a vossa casa, e lede com eles a preciosa Bíblia e os livros que lhes explicam as verdades. Isto, aliado a hinos singelos e fervorosas orações, tocar-lhes-á o coração. Eduquem-se os membros da igreja em assim fazer. Isto é tão essencial como salvar as almas entenebrecidas nos campos estrangeiros. Enquanto uns sentem a preocupação pelas almas distantes, tomem os muitos que se acham na pátria sobre si o encargo das preciosas almas que os rodeiam e trabalhem tão diligentemente como aqueles por sua salvação. TS2 514 3 As horas tão freqüentemente passadas em diversões que não refrigeram o corpo nem a alma, devem ser gastas em visitar os pobres, os doentes e os aflitos, ou em ajudar alguém que se ache em necessidade. A maneira de trabalhar pelos necessitados TS2 514 4 Ao tentar ajudar o pobre, o desprezado, o abandonado, não trabalheis por eles trepados no pedestal de vossa dignidade e superioridade, pois por essa maneira nada conseguireis. Convertei-vos verdadeiramente, e aprendei dAquele que é manso e humilde de coração. Cumpre-nos ter sempre o Senhor diante de nós. Como servos de Cristo, dizei sempre, para que o não esqueçais: "Fui comprado por preço." TS2 515 1 Deus pede não somente vossa beneficência, mas um semblante satisfeito, palavras de esperança, o aperto de vossa mão. Ao visitardes os aflitos do Senhor, encontrareis alguns a quem a esperança já abandonou; levai-lhes de volta os seus raios. Outros há que carecem do pão da vida; lede-lhes a Palavra de Deus. Há em outros uma enfermidade da alma que bálsamo algum terrestre pode lenir, nenhum médico poderia curar; orai por esses e levai-os a Jesus. TS2 515 2 Em ocasiões especiais, alguns cedem ao sentimentalismo, o qual leva a movimentos impulsivos. Talvez eles pensem estar assim prestando grande serviço a Cristo, mas não é assim. Seu zelo presto descai, e então fica negligenciado o serviço de Cristo. Não são serviços intermitentes que o Senhor aceita; não é por acessos emocionais de atividade que podemos fazer bem a nosso próximo. Os esforços esporádicos para fazer o bem, dão muitas vezes em resultado mais dano que benefício. TS2 515 3 Cumpre considerar cuidadosamente e com oração os métodos de ajudar os necessitados. Precisamos buscar em Deus sabedoria, pois Ele sabe mais que os míopes mortais como cuidar das criaturas que fez. Alguns há que dão indiscriminadamente a todos quantos lhes solicitam o auxílio. Nisto eles erram. Ao procurar ajudar o necessitado, devemos cuidar em ministrar-lhes a justa espécie de auxílio. Pessoas há que, uma vez ajudadas, continuarão a tornar-se especiais objetos de necessidade. Dependerão enquanto virem alguma coisa de que depender. Dando a essas pessoas indevido tempo e atenção, estimularemos a preguiça, a incapacidade, o desperdício e a intemperança. TS2 515 4 Ao darmos aos pobres, convém considerarmos: "Estou eu estimulando a prodigalidade? Estou eu os ajudando, ou os prejudicando?" Ninguém que possa ganhar a subsistência tem direito a depender de outros. TS2 516 1 O provérbio: "O mundo me deve a subsistência", encerra a essência da falsidade, da fraude e do roubo. O mundo não deve a subsistência a nenhum homem capaz de trabalhar e ganhar sua manutenção. Mas se nos chega à porta alguém pedindo pão, não o devemos mandar embora com fome. Sua pobreza pode ser resultado de infortúnios. TS2 516 2 Cumpre-nos ajudar aqueles que, tendo uma grande família a sustentar, têm de lutar constantemente com a debilidade e a pobreza. Muita mãe viúva, carregada de filhos órfãos, trabalha muito além de suas forças a fim de manter consigo seus pequeninos, e prover-lhes alimento e roupa. Muitas dessas mães têm morrido de excesso de trabalho. Toda viúva necessita do conforto de palavras esperançosas, de animação, e muitas, muitas há que devem receber considerável ajuda. TS2 516 3 Homens e mulheres de Deus, pessoas de discernimento e sabedoria, devem ser designados para cuidar dos pobres e necessitados, dando o primeiro lugar aos domésticos da fé. Essas pessoas devem relatar à igreja, e aconselharem-se quanto ao que deve ser feito. TS2 516 4 Em vez de animar os pobres a pensarem que podem receber sua comida e bebida de graça, ou quase de graça, precisamos colocá-los em situação de se ajudarem a si mesmos. Devemos esforçar-nos por prover-lhes trabalho e, se necessário, ensiná-los a trabalhar. Ensine-se os membros de famílias pobres a cozinhar, a fazer e remendar suas roupas, e cuidar devidamente do lar. Ensine-se aos rapazes e meninas, de maneira cabal, algum ofício ou ocupação útil. Precisamos educar os pobres a dependerem de si mesmos. Isto será real auxílio, pois não somente os faz capazes de se manterem por si, como os habilitará a ajudarem aos outros. Todos dentro do alcance do amor de Deus TS2 516 5 É desígnio de Deus que o rico e o pobre estejam intimamente ligados pelos laços da simpatia e da assistência. Manda-nos que nos interessemos em todo caso de sofrimento e necessidade que nos venha ao conhecimento. TS2 517 1 Não julgueis abaixo de vossa dignidade o servir à humanidade sofredora. Não olheis com indiferença e desprezo os que arruinaram o templo da alma. Tais pessoas são objeto da compaixão divina. Aquele que criou a todos, de todos também cuida. Mesmo os que caíram mais baixo, não se acham além do alcance de Seu amor e piedade. Se somos verdadeiramente Seus discípulos, manifestaremos espírito semelhante. O amor que é inspirado por nosso amor a Jesus, verá em toda alma, rica ou pobre, um valor que não se pode medir pela estimativa humana. Revele vossa vida um amor mais alto do que possais exprimir por palavras. TS2 517 2 Muitas vezes o coração dos homens se endurecerá em face da censura, mas não pode resistir ao amor que lhes é expresso em Cristo. Devemos convidar o pecador a não se sentir um rejeitado de Deus. Convidá-lo a olhar a Cristo, o único a poder curar a alma da lepra do pecado. Mostrai ao sofredor desesperado e abatido que ele é um prisioneiro da esperança. Seja a vossa mensagem: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo." TS2 517 3 Fui instruída de que a obra médico-missionária descobrirá, nas próprias profundezas da degradação, homens que, se bem que se hajam entregue à intemperança e hábitos dissolutos, corresponderão a um trabalho feito pela devida maneira. Precisam, porém, ser reconhecidos e animados. Serão necessários esforços firmes, pacientes e sinceros a fim de erguê-los. Eles não se podem recuperar a si mesmos. Podem ouvir o chamado de Cristo, mas têm o ouvido por demais embotado para lhe apreender a significação; seus olhos se acham demasiado obscurecidos para ver qualquer coisa boa a eles reservada. Acham-se mortos em ofensas e pecados. Todavia mesmo estes não devem ser excluídos do banquete evangélico. Devem receber o convite: "Vinde." Embora se sintam indignos, o Senhor diz: "Forçai-os a entrar." Não deis ouvidos a nenhuma desculpa. Com amor e bondade, apoderai-vos deles. TS2 518 1 "Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos na caridade de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. E apiedai-vos de alguns, que estão duvidosos; e salvai alguns arrebatando-os do fogo." Judas 20, 23. Impressionai-lhes a consciência com os terríveis resultados da transgressão da lei de Deus. Mostrai-lhes que não é Deus que causa dor e sofrimento, mas que, por sua própria ignorância e pecado, o homem trouxe sobre si essas condições. TS2 518 2 Devidamente dirigida, essa obra salvará muitos pobres pecadores negligenciados pelas igrejas. Muitas pessoas que não pertencem a nossa fé, estão anelando o próprio auxílio que os cristãos têm o dever de dar. Caso o povo de Deus mostrasse genuíno interesse em seu próximo, muitos seriam alcançados pelas verdades especiais para este tempo. Coisa alguma dará, ou jamais poderá dar reputação à obra, como ajudar o povo indo ao seu encontro onde se acham. Milhares de pessoas poder-se-iam estar regozijando na mensagem, se aqueles que professam amar a Deus e guardar-Lhe os mandamentos, trabalhassem como Cristo trabalhava. TS2 518 3 Quando o obra médico-missionária ganhar assim homens e mulheres para um conhecimento salvador de Cristo e Sua verdade, nela se poderão empregar com segurança dinheiro e diligente labor, pois é uma obra que permanecerá. TS2 518 4 Deus tem feito pasmosos sacrifícios pelas criaturas humanas. Tem dispendido poderosa energia para reaver o homem da transgressão e do pecado para a lealdade e a obediência, mas foi-me mostrado que Ele nada faz sem a cooperação dos instrumentos humanos. Todo dote de graça e poder e eficiência foi liberalmente providenciado. Têm sido apresentados os mais poderosos motivos a fim de despertar e conservar vivo no coração humano o espírito missionário, de modo que se aliem os esforços dos instrumentos divino e humano. -- Testimonies for the Church 8:54 (1904). ------------------------Capítulo 73 -- O cuidado dos órfãos TS2 519 1 Entre todos quantos necessitam de nosso interesse, são as viúvas e os órfãos os que maior direito têm à nossa terna simpatia. São objeto de especial cuidado do Senhor. São emprestados aos cristãos como depósito de Deus. "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." Tiago 1:27. TS2 519 2 Muito pai falecido na fé, descansando na eterna promessa de Deus, tem deixado os seus queridos com a plena confiança de que o Senhor deles cuidará. E de que maneira provê o Senhor para esses seres privados de amparo? Ele não opera um milagre, enviando maná do Céu; não manda corvos levar-lhes o alimento; opera, porém, um milagre no coração humano, expelindo o egoísmo da alma, e descerrando as fontes da beneficência. Prova o amor de Seus professos seguidores confiando a suas ternas misericórdias as almas aflitas e desamparadas. Para serem cuidados em família TS2 519 3 Abram aqueles que têm o amor de Deus, o coração e o lar a essas crianças. Não é o melhor plano cuidar dos órfãos em grandes instituições. Caso eles não tenham parentes capazes de tomar conta deles, os membros de nossas igrejas devem, ou adotar esses pequenos em sua família, ou encontrar lugar conveniente para eles em outros lares. TS2 519 4 Essas crianças são, em sentido especial, objeto da atenção do Senhor e negligenciá-las é uma ofensa a Ele feita. Todo ato de bondade para com elas em nome de Jesus, é aceito por Ele como feito a Ele próprio. TS2 519 5 Os que as privam, de algum modo, dos meios que elas deviam ter, os que, com indiferença lhes consideram as necessidades, terão de tratar com o Juiz de toda a Terra. "E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que depressa lhes fará justiça." "Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia." Lucas 18:7, 8; Tiago 2:13. O Senhor recomenda que: "...recolhas em casa os pobres desterrados." Isaías 58:7. O cristianismo deve suprir pais e mães e lares para esses desamparados. A compaixão para com as viúvas e os órfãos, manifestada em orações e em atos correspondentes, subirá em memória diante de Deus, para ser a seu tempo recompensada. TS2 520 1 Há, para todos quantos trabalham para o Mestre, um vasto campo de utilidade no cuidar dessas crianças e jovens que foram privados da vigilante guia dos pais, e da subjugante influência de um lar cristão. Muitos deles herdaram maus traços de caráter; e, se deixados a crescer na ignorância, serão atraídos para o convívio de outros que os levarão ao vício e ao crime. Essas não promissoras crianças precisam ser colocadas em situação favorável para a formação de um caráter reto, de modo a se tornarem filhos de Deus. TS2 520 2 Estais vós, que professais ser filhos de Deus, fazendo vossa parte em ensinar a esses que tanto necessitam de ser pacientemente ensinados a irem ao Salvador? Estais desempenhando vossa parte como fiéis servos de Cristo? Estão essas mentes mal formadas, talvez sem muito equilíbrio, recebendo cuidados com aquele amor por Cristo a nós manifestado? A alma das crianças e dos jovens acha-se em perigo de morte, caso sejam eles entregues a si mesmos. Eles necessitam paciente instrução, amor e terno cuidado cristão. TS2 520 3 Se porventura não houvesse nenhuma revelação a apontar-nos o dever, a própria vista de nossos olhos, e tudo quanto sabemos da inevitável operação de causa e efeito nos devia despertar para salvar esses desafortunados. Pusessem os membros da igreja nessa obra a mesma energia e tato e habilidade que empregam nas relações de negócios comuns da vida, buscassem eles sabedoria em Deus e estudassem diligentemente a maneira de moldarem essas mentes indisciplinadas, e muitas almas prestes a perecer haviam de ser salvas. TS2 521 1 Se os pais sentissem pela salvação dos próprios filhos a solicitude que deviam, se os levassem em oração ao trono da graça, e vivessem as próprias orações, sabendo que Deus cooperaria com eles, tornar-se-iam bem-sucedidos obreiros pelas crianças fora da própria família, e especialmente pelos que não têm conselhos e guia paternos. O Senhor chama todo membro da igreja a cumprir seu dever para com esses órfãos. Uma obra semelhante à de Cristo TS2 521 2 Ao cuidar das crianças, não o devemos fazer apenas sob o ponto de vista do dever, mas do amor, pois Cristo morreu para sua salvação. Cristo comprou essas almas necessitadas de nosso cuidado, e espera que as amemos assim como Ele nos amou a nós em nossos pecados e extravios. O amor é o meio pelo qual Deus opera para atrair a Si o coração, pois "Deus é amor". Em todo empreendimento de graça, é unicamente este princípio que pode comunicar eficiência; o finito deve unir-se ao Infinito. TS2 521 3 Esta obra por outros exige esforço, abnegação e sacrifício. Mas que é esse pequeno sacrifício que possamos fazer em comparação com aquele feito por Deus em nosso benefício, ao dar Seu Filho unigênito? TS2 521 4 Deus nos comunica Suas bênçãos, a fim de que as possamos transmitir a outros. Quando Lhe pedimos o pão de cada dia, Ele olha ao nosso coração a ver se o repartiremos com os mais necessitados que nós. Quando oramos: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", observa a ver se manifestaremos compaixão àqueles com quem nos associamos. Isto é a prova de nossa ligação com Deus, que sejamos misericordiosos assim como nosso Pai no Céu o é. TS2 521 5 Deus está sempre dando; e a quem são concedidos os Seus dons? Aos que são impecáveis no caráter? "Faz que o Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos." Mateus 5:45. Não obstante a pecaminosidade do gênero humano, não obstante tantas vezes ofendermos o coração de Cristo e nos demonstrarmos tão imerecedores, ainda ao pedirmos-Lhe perdão Ele não nos repele. Seu amor nos é abundantemente oferecido, e Ele nos recomenda: "Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós." João 13:34. TS2 522 1 Irmãos e irmãs, rogo-vos que considereis cuidadosamente essa questão. Pensai nas necessidades dos que não têm pai e mãe. Não se vos comove o coração ao testemunhar-lhes os sofrimentos? Vede se não é possível fazer alguma coisa por esses desamparados. Tanto quanto esteja em vosso poder, fazei um lar para os destituídos de lar. Esteja cada um pronto a fazer uma parte para promover essa obra. Disse o Senhor a Pedro: "Apascenta os Meus cordeiros." Esta ordem nos é dada a nós, e abrindo nosso lar aos órfãos, cooperamos em seu cumprimento. Não permitais que Jesus fique decepcionado convosco. TS2 522 2 Tomai essas crianças e apresentai-as a Deus como oferta fragrante. Pedi sobre elas Suas bênçãos, e então moldai-as e afeiçoai-as segundo a ordem de Cristo. Aceitará nosso povo esse santo legado? Em virtude de nossa piedade superficial e da ambição mundana que nutrimos, serão deixados a sofrer aqueles por quem Cristo morreu, a enveredarem por errados caminhos? TS2 522 3 A Palavra de Deus é farta de instruções quanto à maneira por que devemos tratar as viúvas, os órfãos, e os pobres necessitados e sofredores. Se todos obedecessem a essas instruções, o coração da viúva cantaria de alegria; criancinhas famintas seriam alimentadas; vestidos os desamparados; e reavivados os que já estavam a ponto de perecer. Os seres celestes estão contemplando e, quando possuídos de zelo pela honra de Cristo, nos colocamos na direção da providência de Deus, esses mensageiros celestes nos comunicarão novo poder espiritual de maneira que sejamos aptos a combater as dificuldades e triunfar sobre os obstáculos. TS2 522 4 E que bênçãos recompensariam os obreiros! Para muitos que agora são indolentes, egoístas e concentrados em si mesmos, seria como uma ressurreição. Haveria entre nós um reavivamento da caridade celeste, de sabedoria e zelo. Adoção de órfãos por parte de esposas de ministros TS2 523 1 Tem surgido a questão de dever ou não a esposa de um ministro adotar criancinhas. Repondo: Caso ela não possua nenhuma inclinação ou capacidade para se empenhar em obra missionária fora do lar, e sinta-se no dever de adotar órfãos e deles cuidar, poderá fazer uma boa obra. Escolham-se, porém, crianças deixadas por pais observadores do sábado. Deus abençoará homens e mulheres ao partilharem, de coração voluntário, seu lar com esses que os não têm. Mas se a esposa do ministro é capaz por sua vez de ter uma parte na obra de educar a outros, devia consagrar suas faculdades a Deus como obreira cristã. Deve ser uma verdadeira ajudadora para seu marido, auxiliando-o em seu trabalho, desenvolvendo o próprio intelecto e ajudando a dar a mensagem. O caminho está aberto para que mulheres humildes, consagradas, dignificadas pela graça de Cristo, visitem os que se acham necessitados de auxílio, e transmitam luz a essas almas desanimadas. Elas podem reerguer os abatidos orando com eles, e encaminhando-os a Cristo. Tais senhoras não devem consagrar seu tempo e força a um desamparado mortalzinho que exige constante cuidado e atenção. Elas não deviam atar assim voluntariamente as próprias mãos. Lares de órfãos TS2 523 2 Quando se fizer tudo quanto pode ser feito a fim de providenciar para os órfãos em nossos próprios lares, haverá ainda no mundo muitos necessitados de cuidado. Talvez sejam rotos, incultos, aparentemente de todo sem atrativos; foram, no entanto, comprados por preço, e são tão preciosos aos olhos de Deus como nossos próprios pequenos. São propriedade de Deus, pela qual os cristãos são responsáveis. Sua alma, diz Deus, "requererei de tua mão". TS2 524 1 O cuidar desses necessitados é uma boa obra; todavia nesta época do mundo o Senhor não nos dá, como um povo, direções no sentido de estabelecer grandes e dispendiosas instituições para esse fim. Caso, entretanto, haja entre nós pessoas que se sintam chamadas por Deus a estabelecer instituições para cuidado de crianças órfãs, sigam suas convicções de dever. Cuidando, porém, dos pobres do mundo, devem apelar para o mundo quanto à sua manutenção. Não devem tirar do povo a quem Deus deu a realizar a mais importante obra que já foi confiada a homens -- a obra de levar a todas as nações e tribos e línguas e povos a última mensagem de misericórdia. O tesouro do Senhor deve ter um excesso para manter a obra do evangelho nas "regiões de além-mar". TS2 524 2 Que aqueles que sentirem a preocupação de fundar instituições assim, utilizem sábios solicitadores para apresentar-lhes as necessidades e arrecadar fundos. Desperte-se o povo do mundo, sejam recoltadas as igrejas denominacionais por homens compenetrados de fazer-se alguma coisa em benefício dos pobres e dos órfãos. Há, em todas as igrejas, pessoas que temem a Deus. Apele-se para essas pessoas, pois a elas deu Deus essa obra. TS2 524 3 As instituições estabelecidas por nosso povo a fim de cuidar dos órfãos, dos enfermos e velhos entre nós, devem ser mantidas. Não se permita que elas definhem e tragam descrédito à causa de Deus. O ajudar a manter essas instituições não deve ser considerado unicamente como um dever, mas como precioso privilégio. Em vez de presentear-nos desnecessariamente uns aos outros, demos nossas dádivas aos pobres e desamparados. Quando o Senhor vê que estamos fazendo tudo ao nosso alcance em benefício desses necessitados, tocará o coração de outros a fim de ajudarem nessa boa obra. TS2 524 4 O desígnio de um lar de órfãos deve ser, não só proporcionar alimento e roupa às crianças, mas colocá-las sob os cuidados de professores cristãos, que as eduquem no conhecimento de Deus e de Seu Filho. Os que trabalham nesse sentido devem ser homens e mulheres de coração grande, e inspirados de entusiasmo aos pés da cruz do Calvário. Devem ser homens e mulheres cultos e abnegados, que trabalhem como Cristo fazia, pela causa de Deus e da humanidade. TS2 525 1 Ao serem esses pequeninos seres, destituídos de lar, colocados em lugar onde possam obter conhecimento, felicidade e virtude, e tornarem-se filhos e filhas do celeste Rei, preparar-se-ão para desempenhar um papel cristão na sociedade. Cumpre que sejam educados de maneira que, por sua vez, venham a ajudar os outros. Assim a boa obra será estendida e perpetuada. TS2 525 2 Que mãe já amou seu filho como Jesus ama os Seus? Ele contempla com profundo desgosto o caráter manchado, desgosto mais vivo do que qualquer mãe experimenta. Vê a retribuição futura de uma direção má. Fazei, portanto, tudo quanto seja possível fazer em prol da alma negligenciada. TS2 525 3 Caso aqueles que não têm filhos e a quem Deus fez mordomos de Seus bens, dilatassem o coração para cuidar de crianças que necessitam amor, cuidado e afeição, e assistência no que concerne aos benefícios deste mundo, seriam incomparavelmente mais felizes do que são. Enquanto jovens que não possuem o compassivo cuidado de um pai nem o terno amor de uma mãe, acham-se expostos às corruptoras influências destes últimos dias, é dever de alguém substituir o lugar de pai e mãe para com alguns deles. Aprendei a dar-lhes amor, afeição e simpatia. Todos quantos professam ter um Pai no Céu, o qual esperam que cuide deles e os leve afinal para o lar que para eles preparou, devem sentir solene obrigação de ser amigos dos que os não têm e pais dos órfãos, de ajudar as viúvas e ser de alguma utilidade prática neste mundo, beneficiando a humanidade. Muitos não têm visto estas coisas sob o devido aspecto. Caso vivam simplesmente para si mesmos, não terão mais forças do que as que são necessárias para isto. -- Testimonies for the Church 2:329 (1869). ------------------------Capítulo 74 -- A obra médico-missionária e a terceira mensagem angélica TS2 526 1 Tenho sido repetidamente instruída quanto ao fato de ter a obra médico-missionária para com a obra da terceira mensagem angélica, a mesma relação que mantêm para com o corpo o braço e a mão. Sob a direção da divina Cabeça, devem trabalhar unidos no preparar o caminho para a vinda de Cristo. O braço direito do corpo da verdade deve estar constantemente ativo, trabalhando incessantemente, e Deus o fortalecerá. Não deve, porém, tornar-se o corpo. Ao mesmo tempo o corpo não deve dizer ao braço: "Não tenho necessidade de ti." O corpo necessita do braço a fim de fazer obra ativa e intensiva. Ambos têm seu trabalho designado, e ambos sofrerão grande prejuízo caso operem independentemente um do outro. TS2 526 2 A obra de pregar a terceira mensagem angélica não tem sido considerada por alguns como Deus designa que seja. Tem sido olhada como trabalho inferior, quando deve ocupar lugar importante entre os instrumentos humanos na salvação do homem. O espírito dos homens deve ser atraído para as Escrituras como o meio mais eficaz na salvação de almas, e o ministério da palavra é a grande força educacional para produzir tal resultado. Os que rebaixam o ministério e procuram levar avante a obra médico-missionária independentemente, estão buscando separar o braço do corpo. Qual seria o resultado, caso fossem eles bem-sucedidos nisso? Veríamos braços e mãos voando de um lado para outro dispensando meios, sem ser dirigidos pela cabeça. O trabalho tornar-se-ia desproporcionado e carecido de equilíbrio. Aquilo que Deus designou que fosse o braço e a mão, tomaria o lugar do corpo todo e o ministério seria amesquinhado ou totalmente passado por alto. Isto desassossegaria os espíritos e traria confusão, ficando muitas partes da vinha do Senhor por trabalhar. Em todas as igrejas TS2 527 1 A obra médico-missionária deve fazer parte do trabalho de toda igreja em nossa Terra. Desligada da igreja, ela se tornaria em breve uma estranha miscelânea de desorganizados átomos. Consumiria, mas não produziria. Em vez de servir de mão auxiliadora de Deus para promover-Lhe a verdade, sugaria a vida e a força da igreja, e enfraqueceria a mensagem. Conduzida independentemente, não somente consumiria talento e meios necessários em outros ramos, como no próprio trabalho de ajudar os desamparados independentemente do ministério da Palavra, colocaria os homens em situação de zombarem de uma verdade bíblica. TS2 527 2 O ministério evangélico é necessário a fim de dar permanência e estabilidade à obra médico-missionária; e o ministério necessita da obra médico-missionária para demonstrar a operação prática do evangelho. Nenhuma das duas partes da obra é completa sem a outra. TS2 527 3 A mensagem da próxima vinda do Salvador deve ser dada em todas as partes do mundo, devendo em todos os ramos ser caracterizada por solene dignidade. Grande é a vinha a trabalhar e o sábio agricultor fará a obra de tal maneira, que cada parte produza frutos. Caso sejam conservados puros os vivos princípios da verdade na obra médico-missionária, não contaminados por qualquer coisa que lhes prejudique o brilho, o Senhor há de presidir o trabalho. Caso os que têm os pesados encargos permaneçam fiéis e firmes aos princípios da verdade, o Senhor os apoiará e susterá. TS2 527 4 A união que deve existir entre a obra médico-missionária e o ministério é claramente salientada no capítulo cinqüenta e oito de Isaías. Há sabedoria e bênção para os que se empenharem na obra segundo é aí apresentada. Esse capítulo é explícito, e nele há o suficiente para esclarecer quem quer que deseje fazer a vontade de Deus. Apresenta abundante oportunidade para ajudar-se à humanidade sofredora, e ser ao mesmo tempo instrumento nas mãos de Deus em levar a luz da verdade a um mundo agonizante. Se a obra da terceira mensagem angélica for levada avante pela devida maneira, não se dará ao ministério um lugar inferior, nem os doentes e pobres serão negligenciados. Deus uniu em Sua Palavra estes dois ramos de trabalho, e pessoa alguma os deveria separar. TS2 528 1 Pode haver, e há de fato, perigo em perder de vista os grandes princípios da verdade, ao efetuar-se em benefício dos pobres a obra que é justo fazer, mas devemos ter sempre em mente que, ao realizar este trabalho, cumpre dar o primeiro lugar às necessidades espirituais da alma. Em nossos esforços para aliviar as necessidades temporais, corremos o risco de separar da última mensagem evangélica seus aspectos principais e mais urgentes. Tal como tem sido feita em alguns lugares, a obra médico-missionária tem absorvido talento e meios que caberiam a outros ramos da obra, com negligência de atividades mais diretamente espirituais. TS2 528 2 Devido às sempre crescentes oportunidades para ministrar às necessidades temporais de todas as classes, há perigo de esta obra eclipsar a mensagem que Deus nos deu para levar a toda cidade -- a proclamação da próxima vinda de Cristo, a necessidade de obediência aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Jesus. Esta mensagem é a preocupação de nossa obra. Tem de ser proclamada com grande voz, e ir a todo o mundo. Tanto no campo nacional como nos estrangeiros, a apresentação dos princípios da saúde precisa estar unida com ela e não ser independente dela ou tomar-lhe de qualquer maneira o lugar; tão pouco deve ela absorver tanta atenção que amesquinhe outros ramos. O Senhor nos instruiu a que consideremos a obra em todos os seus aspectos, de modo que se desenvolva proporcionada, simétrica e bem equilibradamente. TS2 528 3 A verdade para este tempo abrange todo o evangelho. Devidamente apresentada, ela operará no homem as próprias mudanças que manifestarão o poder da graça de Deus no coração. Efetuará uma obra completa, e desenvolverá um completo homem. Então, não se trace nenhuma linha entre a genuína obra médico-missionária e o ministério evangélico. Unam-se estas duas em dar o convite: "Vinde; pois tudo está preparado." Juntem-se elas em inseparável união, justo como o braço está unido ao corpo. Obreiros médico-missionários TS2 529 1 O Senhor necessita de todas as espécies de obreiros hábeis. "E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo." Efésios 4:11-13. TS2 529 2 Todo filho de Deus deve ter um santificado discernimento para considerar a causa como um todo, e a relação de cada parte para com cada uma das outras, a fim de que nenhuma falte. Vasto é o campo, e há uma grande obra de reforma a ser desenvolvida, não em um ou dois ramos, mas em toda linha. A obra médico-missionária é uma parte dessa obra de reforma, mas não deveria nunca se tornar um meio de separar os obreiros do ministério de seu campo de trabalho. A educação de alunos nos ramos médico-missionários não se acha completa a menos que eles estejam preparados para trabalhar em ligação com a igreja e o ministério, e a utilidade dos que se acham em preparo para o ministério seria grandemente aumentada caso eles se tornassem esclarecidos acerca do grande e importante assunto da saúde. A influência do Espírito Santo é necessária para que a obra seja devidamente equilibrada, e possa avançar vigorosamente em todo sentido. "Uni-vos" TS2 529 3 A obra do Senhor é uma, e um deve ser o Seu povo. Ele não deu direções para que algum aspecto da mensagem fosse levado avante independentemente ou se tornasse todo absorvente. Em todos os Seus labores, Ele uniu a obra médico-missionária com o ministério da Palavra. Enviou os doze apóstolos, e posteriormente os setenta, a fim de pregar o evangelho ao povo, e deu-lhes poder também para curar os doentes e expulsar os demônios em Seu nome. Assim devem os mensageiros do Senhor entrar hoje na obra. Chega até nós hoje a mensagem: "Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo." João 20:21, 22. TS2 530 1 Satanás inventará todo meio possível para separar aqueles a quem Deus está buscando fazer um. Não devemos, porém, ser transviados por seus ardis. Caso a obra médico-missionária seja desenvolvida como parte do evangelho, os mundanos verão o bem que se está fazendo; ficarão convencidos de sua genuinidade, e dar-lhe-ão seu apoio. TS2 530 2 Aproximamo-nos do fim da história terrestre, e Deus convida todos a erguerem o estandarte com a inscrição: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Convida Seu povo a trabalhar em perfeita harmonia. Convida os que se acham empenhados na obra médico-missionária a se unirem com o ministério; convida o ministério a cooperar com os obreiros médico-missionários; e convida a igreja a cumprir o dever que lhe é designado, mantendo alto o padrão da verdadeira reforma em seu território, permitindo que os obreiros preparados e experientes avancem para novos campos. Palavra alguma deve ser proferida para desanimar ninguém, pois isto entristece o coração de Cristo, e agrada grandemente o adversário. Todos precisam ser batizados com o Espírito Santo; todos se devem refrear quanto a fazer censuras e observações pejorativas, e aproximem-se de Cristo, a fim de apreciarem as pesadas responsabilidades que os coobreiros dEle têm sobre os ombros. "Uni-vos, uni-vos", são as palavras de nosso divino Instrutor. União é força; desunião é fraqueza e derrota. TS2 530 3 Em nosso trabalho em prol dos pobres e desafortunados, precisaremos guardar-nos de maneira que não assumamos responsabilidades para as quais não somos capazes. Antes de adotar planos e métodos que exijam grande dispêndio de meios, cumpre-nos considerar se eles trazem a aprovação divina. Deus não sanciona a promoção de um ramo da obra sem consideração para com os outros. É Seu desígnio que a obra médico-missionária prepare o caminho para a apresentação da salvadora verdade para este tempo, a proclamação da terceira mensagem angélica. Uma vez que se cumpra esse desígnio, a mensagem não será eclipsada, nem seu progresso entravado. TS2 531 1 Não são numerosas instituições, grandes edifícios ou larga ostentação o que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus, e precioso. Cada um deve ficar em seu quinhão e lugar, pensando, falando e agindo em harmonia com o Espírito de Deus. Então, e não antes, será a obra um todo completo, simétrico. TS2 531 2 A obra médico-missionária deve ser para a obra da igreja o que o braço direito é para o corpo. O terceiro anjo sai proclamando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A obra médico-missionária é o evangelho na prática. Todos os ramos da obra devem misturar-se harmonicamente no estender o convite: "Vem; pois tudo está preparado." -- Testimonies for the Church 8:77 (1904). ------------------------Capítulo 75 -- A importância da obra da colportagem TS2 532 1 A obra da colportagem, devidamente dirigida, é uma obra missionária da mais elevada espécie e o melhor e mais bem-sucedido método que pode ser empregado para colocar perante o povo as importantes verdades para este tempo. A importância da obra do ministro é indiscutível; mas muitos que estão com fome do pão da vida não têm o privilégio de ouvir a Palavra dos pregadores delegados por Deus. Por esta razão, é essencial que nossas publicações circulem amplamente. Assim a mensagem irá onde o pregador vivo não pode ir, e a atenção de muitos será atraída para os importantes eventos relacionados com as cenas finais da história deste mundo. TS2 532 2 Deus ordenou a colportagem como um meio de apresentar perante o povo a luz contida em nossos livros, e os colportores devem estar compenetrados da importância de colocar diante do mundo, tão depressa quanto possível, os livros necessários para sua educação e esclarecimento espirituais. Esta é exatamente a obra que o Senhor deseja Seu povo faça neste tempo. Todos os que se consagram a Deus para trabalhar como colportores, estão auxiliando na proclamação da última mensagem de advertência ao mundo. Não podemos estimar demasiadamente esta obra; porque, não fossem os esforços do colportor, e muitos nunca ouviriam a advertência. TS2 532 3 É verdade que alguns dos que compram os livros hão de pô-los na estante ou na mesa da sala de visitas e raras vezes lançar-lhes um olhar. Contudo, Deus tem cuidado de Sua verdade, e virá o tempo em que estes livros serão procurados e lidos. A doença ou o infortúnio pode entrar no lar, e por meio da verdade contida nos livros Deus envia aos corações turbados paz, e esperança, e descanso. Seu amor lhes é revelado, e eles compreendem a preciosidade do perdão de seus pecados. Assim o Senhor coopera com Seus abnegados obreiros. TS2 533 1 Há muitos que, por causa do preconceito, jamais conhecerão a verdade a não ser que lhes seja levada a seu lar. O colportor pode achar estas almas e ajudá-las. Existe, no trabalho de casa em casa, um ramo de serviço que ele pode desempenhar com mais êxito do que outros. Pode familiarizar-se com o povo e compreender suas verdadeiras necessidades; pode orar com eles e apontar-lhes o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Assim o caminho será aberto para que a especial mensagem para este tempo tenha acesso a seu coração. O colportor, ganhador de almas TS2 533 2 Muita responsabilidade repousa sobre o colportor. Ele deve ir a seu trabalho preparado para explicar as Escrituras. Se põe no Senhor sua confiança, ao ir de lugar em lugar, anjos de Deus estarão ao seu redor, dando-lhe palavras para falar, as quais levarão luz, e esperança, e ânimo a muitas almas. TS2 533 3 Lembre-se o colportor de que tem uma oportunidade de semear sobre todas as águas. Lembre-se, ao vender os livros que dão um conhecimento da verdade, que está fazendo a obra de Deus e que todo talento deve ser empregado para a glória de Seu nome. Deus estará com cada um que procure compreender a verdade, a fim de que ele possa apresentá-la a outros em traços claros. Deus falou clara e compreensivelmente. "O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem." Apocalipse 22:17. Não devemos demorar em dar instrução aos que a precisam, para que sejam levados ao conhecimento da verdade, tal como é em Jesus. TS2 533 4 As ovelhas perdidas do rebanho de Deus estão espalhadas em toda parte, e o trabalho que deveria ser feito por elas está sendo negligenciado. Pela luz que me foi dada, sei que onde há um colportor no campo, deveria haver cem. Os colportores devem ser animados a lançar mão deste trabalho, não para vender livros de histórias, mas para apresentar diante do mundo os livros que contêm a verdade essencial para este tempo. TS2 534 1 Que os colportores saiam com a Palavra do Senhor, lembrando-se de que aqueles que obedecem aos mandamentos de Deus e ensinam os outros a obedecer-lhes, serão recompensados com o ver almas convertidas, e uma alma verdadeiramente convertida levará outras a Cristo. Assim a obra avançará para novos territórios. TS2 534 2 Chegou o tempo de se fazer uma grande obra por meio dos colportores. O mundo dorme, e como atalaias eles devem fazer soar a campainha de advertência, a fim de despertar os dormentes para o reconhecimento de seu perigo. As igrejas não conhecem o tempo de sua visitação. Muitas vezes podem melhor conhecer a verdade por meio dos esforços do colportor. Os que saem em nome do Senhor, são Seus mensageiros para dar às multidões que estão em trevas e em erro as alegres novas da salvação por meio de Cristo, obedecendo à lei de Deus. Cooperador do ministro TS2 534 3 Fui instruída de que mesmo onde o povo ouve a mensagem do pregador vivo, o colportor deve continuar sua obra em cooperação com o ministro; porque ainda que o ministro apresente fielmente a mensagem, o povo não é capaz de reter toda ela. Por isto, a página impressa é essencial, não somente em despertá-los para o reconhecimento da importância da verdade para este tempo, mas em enraizá-los e firmá-los na verdade e em estabelecê-los contra erros enganosos. As revistas e os livros são o meio de o Senhor conservar a mensagem para este tempo continuamente perante o povo. As publicações farão muito maior obra iluminando e confirmando almas na verdade, do que a que pode ser cumprida unicamente pelo ministério da palavra. Os silenciosos mensageiros que são colocados nos lares do povo pelo trabalho do colportor, fortalecerão o ministério evangélico em todo sentido; porque o Espírito Santo influirá a mente ao lerem os livros do mesmo modo que o faz à mente dos que ouvem a pregação da Palavra. O mesmo ministério de anjos que auxilia a obra do ministro, acompanha os livros que contêm a verdade. TS2 535 1 As novas de todo bem-sucedido esforço de nossa parte para dissipar as trevas e difundir a luz e o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou, são levadas para o alto. O ato é apresentado aos seres celestes e comove todas as potestades e principados, atraindo a simpatia de todos os que habitam no Céu. TS2 535 2 Enquanto durar o tempo da graça, haverá oportunidade de o colportor trabalhar. -- Testimonies for the Church 6:478 (1900). ------------------------Capítulo 76 -- Qualificações do colportor TS2 536 1 Visto como o colportar com nossa literatura é uma obra missionária, deve ser executada de um ponto de vista missionário. Os que são escolhidos como colportores, devem ser homens e mulheres que sintam a responsabilidade do serviço, cujo objetivo não seja conseguir lucros, mas proporcionar luz ao povo. Todo o nosso serviço deve ser feito para glória de Deus, a fim de dar a luz da verdade aos que estão em trevas. Os princípios egoístas, o amor ao ganho, à dignidade ou à posição, não devem ser mencionados nenhuma vez entre nós. TS2 536 2 Os colportores precisam converter-se diariamente a Deus, a fim de que suas palavras e ações sejam um cheiro de vida para vida, para que possam exercer uma influência salvadora. A razão por que muitos fracassaram na colportagem, está em não terem sido cristãos genuínos; não conheciam o espírito da conversão. Tinham uma teoria a respeito de como a obra devia ser feita, mas não sentiam sua dependência de Deus. TS2 536 3 Colportores, lembrai-vos de que nos livros que manejais, estais apresentando, não a taça que contém o vinho de Babilônia, as doutrinas do erro ministradas aos reis da Terra, mas a taça cheia da preciosidade das verdades da redenção. Quereis vós mesmos beber dela? Vosso espírito pode ser levado em cativeiro à vontade de Cristo, e Ele pode colocar sobre vós Sua própria imagem. Contemplando, sereis transformados de glória em glória, de caráter em caráter. Deus deseja que venhais para a frente, falando as palavras que Ele vos dará. Deseja que mostreis avaliardes altamente a humanidade, essa humanidade que foi adquirida pelo precioso sangue do Salvador. Quando cairdes sobre a pedra e vos despedaçardes, experimentareis o poder de Cristo, e os outros reconhecerão o poder da verdade em vosso coração. TS2 537 1 Aos que freqüentam a escola, a fim de que aprendam como fazer mais perfeitamente a obra de Deus, desejo dizer: Lembrai-vos de que é unicamente por uma consagração diária a Deus que podereis tornar-vos ganhadores de almas. Tem havido os que não podiam freqüentar a escola por serem demasiado pobres para pagar a instrução. Mas quando se tornaram filhos e filhas de Deus, lançaram mão do trabalho onde se achavam, trabalhando pelos que lhes estavam ao redor. Ainda que destituídos do conhecimento obtido na escola, consagraram-se a Deus, e Deus trabalhou por intermédio deles. Do mesmo modo que os discípulos quando chamados de junto de suas redes para seguir a Cristo, aprenderam eles preciosas lições do Salvador. Uniram-se ao Grande Mestre, e o conhecimento que obtiveram das Escrituras, habilitou-os a falar de Cristo aos outros. Assim se tornaram verdadeiramente sábios, porque não eram por demais sábios em seu próprio conceito para receberem instrução do alto. O renovador poder do Espírito Santo deu-lhes energia prática e salvadora. TS2 537 2 O conhecimento do homem mais sábio, se ele não estudou na escola de Cristo, é loucura no que diz respeito ao conduzir almas a Cristo. Deus pode trabalhar unicamente com os que aceitem o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. O auxílio do Espírito Santo TS2 537 3 Muitos de nossos colportores se têm afastado dos retos princípios. Por meio de um desejo de colher vantagens mundanas, sua mente tem-se desviado do verdadeiro propósito e espírito da obra. Que ninguém pense que a ostentação cause uma boa impressão sobre o povo. Ela não assegurará os melhores ou os mais permanentes resultados. Nossa obra destina-se a dirigir a mente às solenes verdades para este tempo. É somente quando nosso próprio coração está embebido no espírito das verdades contidas no livro que estamos vendendo e quando, em humildade, chamamos a atenção do povo para essas verdades, que o verdadeiro êxito acompanhará nossos esforços; porque é só então que o Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo, estará presente para influir no coração. TS2 538 1 Nossos livros devem ser manejados por obreiros consagrados, os quais o Espírito Santo possa usar como Seus instrumentos. Cristo é nossa suficiência, e devemos apresentar a verdade em humilde simplicidade, deixando-a levar seu próprio cheiro de vida para vida. TS2 538 2 A humilde e fervente oração faz mais em favor da circulação de nossos livros do que todos os custosos embelezamentos que há no mundo. Se os obreiros voltarem sua atenção para o que é verdadeiro, vivo e real; se orarem pelo Espírito Santo, crerem nEle e nEle confiarem, Seu poder será derramado sobre eles em fortes e celestiais correntes, e retas e duradouras impressões serão feitas sobre o coração humano. Portanto orai e trabalhai, e trabalhai e orai, e o Senhor operará convosco. TS2 538 3 Cada colportor tem positiva e constante necessidade da assistência dos anjos; porque tem uma importante obra a fazer, uma obra que não pode executar em sua própria força. Os que nasceram de novo e estão dispostos a ser guiados pelo Espírito Santo, fazendo o seu trabalho de acordo com a vontade de Cristo; os que trabalham como se pudessem ver o universo celestial a observá-los, serão acompanhados e instruídos pelos santos anjos, os quais irão adiante deles à morada das pessoas, preparando-lhes o caminho. Tal auxílio está muito acima de todas as vantagens que se supõe darem os custosos embelezamentos. TS2 538 4 Quando os homens reconhecerem o tempo em que estamos vivendo, trabalharão como à vista do Céu. O colportor tomará esses livros que levam luz e força à alma. Absorverá o espírito desses livros e porá toda a alma na obra de apresentá-los ao povo. Sua força, seu ânimo e êxito dependerão de quão plenamente a verdade apresentada nos livros esteja entretecida em sua própria experiência e desenvolvida em seu caráter. Quando sua própria vida estiver assim moldada, ele pode ir avante, expondo a outros a sagrada verdade que está manejando. Imbuído do Espírito de Deus, ganhará uma profunda e rica experiência, e os anjos celestiais lhe darão êxito no trabalho. TS2 539 1 Aos nossos colportores, a todos aqueles a quem Deus confiou talentos para cooperar com Ele, direi: Orai, oh! orai por uma experiência mais profunda! Saí com o coração suavizado e subjugado pelo estudo das preciosas verdades que Deus nos deu para este tempo. Bebei a largos sorvos da água da salvação, para que se torne em vosso coração uma fonte viva, dimanando para refrigerar as almas prestes a perecer. Então Deus vos dará sabedoria que vos habilite a comunicá-la devidamente. Far-vos-á canais para comunicar Suas bênçãos. Ele vos auxiliará a revelar Seus atributos, transmitindo aos outros a sabedoria e o conhecimento que vos transmitiu a vós. TS2 539 2 Oro ao Senhor para que possais compreender este assunto em sua extensão, largura e profundidade e para que sintais vossa responsabilidade de representar o caráter de Cristo pela paciência, ânimo e firme integridade. "A paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus." Filipenses 4:7 (TB). ------------------------Capítulo 77 -- O colportor, um obreiro evangélico TS2 540 1 O colportor inteligente, temente a Deus e amante da verdade, deve ser respeitado; porque ele ocupa uma posição igual à do ministro evangélico. Muitos de nossos ministros jovens e dos que se estão preparando para o ministério fariam, se verdadeiramente convertidos, muito bem trabalhando no campo da colportagem. E aproximando-se do povo e apresentando-lhes nossas publicações, ganhariam uma experiência que não podem obter pregando, simplesmente. Ao irem de casa em casa, poderiam conversar com as pessoas, levando-lhes a fragrância da vida de Cristo. Em assim se esforçando para abençoar outros, abençoar-se-iam a si mesmos; obteriam uma experiência na fé; seu conhecimento das Escrituras aumentaria grandemente; e estariam constantemente aprendendo como ganhar almas para Cristo. TS2 540 2 Todos os nossos ministros devem sentir-se na liberdade de levar livros consigo para dispor deles, aonde quer que vão. Aonde quer que o ministro vá, pode deixar um livro com a família em cuja casa se hospeda, seja vendendo-o ou dando-o. Muita obra desta espécie foi feita nos primeiros tempos da história da mensagem. Os ministros faziam-se de colportores, usando os lucros obtidos pela venda dos livros em ajudar o avançamento da obra em lugares que precisavam de auxílio. Estes podem falar inteligentemente a respeito deste método de trabalho; porque tiveram experiência neste ramo. TS2 540 3 Ninguém pense que rebaixa um ministro do evangelho o empenhar-se na colportagem, como um meio de levar a verdade ao povo. Fazendo esta obra, está ele trabalhando do mesmo modo que o apóstolo Paulo, que disse: "Vós bem sabeis, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia, como em todo esse tempo me portei no meio de vós, servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos dos Apóstolos 20:18-21. O eloqüente Paulo, a quem Deus Se manifestou de maneira maravilhosa, ia de casa em casa com toda a humildade de espírito, e com muitas lágrimas e tentações. Colportagem, verdadeiro ministério TS2 541 1 Todos os que desejem uma oportunidade para o verdadeiro ministério e que se dêem sem reservas a Deus, encontrarão na colportagem ocasiões de falar sobre muitas coisas pertencentes à futura vida imortal. A experiência assim ganha, será de grandíssimo valor para os que se estão preparando para o ministério. É a assistência do Espírito Santo de Deus que prepara os obreiros, homens e mulheres, para se tornarem pastores do rebanho de Deus. Ao acariciarem o pensamento de que Cristo é seu Companheiro, uma santa reverência, um sagrado gozo serão sentidos por eles em meio de todas as suas críticas experiências e em todas as provações. Aprenderão a orar, enquanto trabalham. Serão educados na paciência, bondade, afabilidade e prestatividade. Praticarão a verdadeira cortesia cristã, tendo em mente que Cristo, seu Companheiro, não pode aprovar palavras ou sentimentos ásperos e descorteses. Suas palavras serão purificadas. O poder da palavra será por eles considerado como um precioso talento que lhes foi confiado para fazerem uma elevada e santa obra. O agente humano aprenderá como representar o Companheiro divino, com quem está associado. A esse invisível e santo Ser, ele mostrará respeito e reverência, porque está levando Seu jugo e está aprendendo Seus puros e santos caminhos. Os que tiverem fé neste divino Assistente, hão de desenvolver-se. Serão dotados de poder para vestir a mensagem da verdade de sagrada beleza. TS2 542 1 Há alguns que se adaptam à obra da colportagem e que podem fazer mais neste ramo do que pregando. Se o Espírito de Cristo habitar em seu coração, acharão oportunidade para apresentar Sua Palavra a outros e para dirigir a mente às especiais verdades para este tempo. Homens que se adaptam a esta obra, empreenderam-na; mas alguns ministros insensatos lisonjeiam-nos dizendo que seus dons deveriam ser usados em pregar, em vez de no trabalho da colportagem. Assim são influenciados a buscar licença para pregar, e esses mesmos que deveriam ter sido preparados a fim de se tornarem bons missionários, para visitar as famílias em seus lares, e falar e orar com elas, são desviados da obra à qual se adaptam, para se tornarem ministros deficientes; e o campo onde tanto trabalho é necessário e onde tanto bem poderia ser feito, é negligenciado. Nos lares do povo TS2 542 2 A pregação da Palavra é um meio ordenado pelo Senhor, pelo qual Sua mensagem de advertência deve ser dada ao mundo. Nas Escrituras, o fiel mestre é representado como um pastor do rebanho de Deus. Ele deve ser respeitado e sua obra, apreciada. A genuína obra médica está ligada ao ministério, e a colportagem deve participar tanto da obra médico-missionária como do ministério. Aos que estão empenhados nesta obra, digo: Ao visitardes as pessoas, dizei-lhes que sois um obreiro evangélico e que amais ao Senhor. TS2 542 3 Não procureis acomodação num hotel, mas hospedai-vos numa casa particular e travai conhecimento com a família. Cristo semeava as sementes da verdade onde quer que estivesse, e como Seus seguidores, podeis testemunhar em favor do Mestre, fazendo um muito precioso trabalho no círculo familiar. Em assim vos associando com o povo, muitas vezes encontrareis os que se acham doentes e desanimados. Se vos achegais a Cristo, levando Seu jugo, diariamente aprendereis dEle como levar mensagens de paz e conforto aos aflitos e desanimados, tristes e contritos. Podeis indicar aos desanimados a Palavra de Deus e apresentar os doentes ao Senhor em oração. Ao orardes, falai a Cristo como faríeis a um fidedigno e muito amado amigo. Mantende uma doce, franca e agradável dignidade, como um filho de Deus. Isto será reconhecido. TS2 543 1 Os colportores devem estar habilitados a dar instruções quanto ao tratamento dos doentes. Devem aprender os simples métodos de tratamentos de saúde. Assim podem eles trabalhar como missionários-médicos, auxiliando a alma e o corpo dos sofredores. Esta obra deveria agora estar indo avante em todas as partes do mundo. Assim, multidões seriam abençoadas pelas orações e instruções dos servos de Deus. Prudentes ganhadores de almas TS2 543 2 Necessitamos reconhecer a importância da colportagem como um grande meio de descobrir os que estão em perigo e levá-los a Cristo. Nunca se deve proibir aos colportores falar do amor de Cristo, contar sua experiência em seu serviço pelo Mestre. Devem ter liberdade em falar e orar com os que estão despertados. A simples história do amor de Cristo pelo homem, abrir-lhe-á portas, mesmo no lar de incrédulos. TS2 543 3 Ao visitar o colportor as pessoas em seu lar, muitas vezes terá oportunidade de ler-lhes da Bíblia ou dos livros que ensinam a verdade. Quando ele descobre aqueles que estão buscando a verdade, pode realizar estudos bíblicos com eles. Estes estudos bíblicos são justamente o de que o povo necessita. Deus usará em Seu serviço aqueles que assim mostram um profundo interesse nas almas que perecem. Por meio deles, Ele comunicará luz aos que estão prontos para receber instrução. TS2 543 4 Alguns dos que trabalham na colportagem têm um zelo que não está de acordo com o entendimento. Devido a sua falta de sabedoria, devido a terem sido tão inclinados a agir como ministros e teólogos, tem-se tornado quase uma necessidade impor restrições a nossos colportores. Quando a voz do Senhor pergunta: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" o divino Espírito põe no coração a resposta: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Mas tende em mente que a brasa viva do altar precisa primeiro tocar vossos lábios. Então as palavras que falardes serão palavras sábias e santas. Tereis sabedoria para saber o que dizer e o que deixar de dizer. Não tentareis revelar vossa habilidade como teólogos. Tereis cuidado de não levantar um espírito combativo ou excitar preconceitos, de introduzir pontos controvertidos de doutrina. Encontrareis bastante sobre o que falar, que não excitará oposição, mas abrirá o coração para desejar um conhecimento mais profundo da Palavra de Deus. TS2 544 1 O Senhor deseja que sejais ganhadores de almas; por isso, conquanto não devais impor ao povo pontos doutrinários, "estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós". 1 Pedro 3:15. Por que temor? -- Temor de que vossas palavras cheirem a presunção, de que sejam faladas palavras imprudentes, de que vossas palavras e maneiras não sejam segundo a semelhança de Cristo. Ligai-vos firmemente a Cristo e apresentai a verdade como se acha nEle. Os corações não podem deixar de ser tocados pela história da expiação. Quando aprenderdes a mansidão e humildade de Cristo, sabereis que dizer ao povo, porque o Espírito Santo vos dirá que palavras falar. Os que reconhecem a necessidade de conservar o coração sob o domínio do Espírito Santo, serão habilitados a semear semente que germine para a vida eterna. Esta é a obra do colportor-evangelista. ------------------------Capítulo 78 -- Reavivamento da obra da colportagem TS2 545 1 A importância da colportagem é conservada sempre diante de mim. Ultimamente não tem sido infundida nesta obra a vida que outrora lhe era proporcionada pelos agentes que faziam dela sua especialidade. Colportores têm sido chamados de sua obra evangelística para se empenhar em outro trabalho. Isto não é como devia ser. Muitos de nossos colportores, se verdadeiramente convertidos e consagrados, podem fazer mais neste ramo do que em qualquer outro, quanto a apresentar a verdade para este tempo diante do povo. TS2 545 2 Temos a Palavra de Deus para mostrar que o fim está próximo. O mundo deve ser admoestado, e, como nunca antes, devemos ser cooperadores de Cristo. A obra de admoestar foi-nos confiada. Temos de ser condutos de luz ao mundo, comunicando aos outros a luz que recebemos do grande Portador de Luz. As palavras e ações de todos os homens devem ser provadas. Não sejamos vagarosos agora. Aquilo que deve ser feito para advertir o mundo, precisa ser feito sem demora. Não deixeis esmorecer a colportagem. Que os livros que contêm a luz sobre a verdade presente sejam colocados diante de tantos quantos possível. O preparo dos colportores TS2 545 3 Os presidentes de nossas associações e outros que estão em posições de responsabilidades, têm um dever a cumprir neste assunto, para que os diferentes ramos de nossa obra possam receber igual atenção. Os colportores devem ser instruídos e preparados para fazer o trabalho requerido em vender os livros sobre a verdade presente, dos quais necessita o povo. São precisos homens de profunda experiência cristã, homens de espírito bem equilibrado, homens fortes e bem educados, para empenhar-se nesta obra. O Senhor deseja que lancem mão da colportagem os que são capazes de instruir outros, os que podem despertar em moços e moças promissores um interesse por este ramo, levando-os a empreender a obra da colportagem e fazê-la com êxito. Alguns têm o talento, a educação e a experiência que os habilitaria a instruir os jovens para a colportagem de tal modo, que muito mais do que se está fazendo agora poderia ser feito. TS2 546 1 Os que tiveram uma experiência neste trabalho têm o especial dever de ensinar outros. Ensinai, ensinai, ensinai moços e moças a venderem os livros que o Senhor, por intermédio de Seu Espírito Santo, inspirou Seus servos a escrever. Deus deseja que sejamos fiéis em ensinar aos que aceitam a verdade, para que possam crer com um propósito em vista e trabalhar inteligentemente segundo indica o Senhor. Que os inexperientes se unam aos obreiros experientes, a fim de que aprendam como trabalhar. Que busquem a Deus com mais fervor. Estes farão um bom trabalho na colportagem, se obedecerem às palavras: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina." 1 Timóteo 4:16. Os que dão evidência de que estão verdadeiramente convertidos e que se empenham na colportagem, verão que ela é o melhor preparo para outros ramos de trabalho missionário. TS2 546 2 Se os que conhecem a verdade a praticassem, seriam ideados métodos para dirigir-se ao povo onde ele se acha. Foi a providência de Deus que, no princípio da igreja cristã, espalhou os santos, enviando-os para fora de Jerusalém a muitas partes do mundo. Os discípulos de Cristo não permaneceram em Jerusalém ou nas cidades próximas, mas foram para além dos limites de seu próprio país, às grandes vias, buscando os perdidos para levá-los a Deus. Hoje o Senhor deseja ver Sua obra levada a muitos lugares. Não devemos limitar nosso trabalho a umas poucas localidades. TS2 546 3 Não devemos desanimar nossos irmãos, debilitando-lhes as mãos, de modo que a obra que Deus quer seja feita por meio deles, não seja executada. Não permitais que muito tempo seja ocupado em preparar homens para fazer o trabalho missionário. A instrução é necessária, mas que todos se lembrem de que Cristo é o Grande Mestre e a Fonte de toda a sabedoria. TS2 547 1 Que jovens e velhos se consagrem a Deus, empreendam a obra e saiam, trabalhando em humildade, sob o domínio do Espírito Santo. Aqueles que têm estado na escola, saiam para o campo e ponham em uso prático o conhecimento que adquiriram. Se os colportores fizerem isto, usando a habilidade que Deus lhes deu, buscando conselho dEle e combinando o trabalho de vender livros com o serviço pessoal em favor do povo, seus talentos aumentarão pelo exercício e eles aprenderão muitas lições práticas, as quais não lhes seria possível aprender na escola. A educação obtida por este meio prático, pode, apropriadamente, ser chamada educação superior. Não há obra mais elevada TS2 547 2 Não há obra mais elevada do que a da colportagem evangelística; porque abrange o cumprimento dos mais elevados deveres morais. Os que se empenham nesta obra precisam estar sempre sob o domínio do Espírito de Deus. Não deve haver exaltação do eu. Que é que tem qualquer de nós que não tenha recebido de Cristo? Precisamos amar-nos como irmãos, e revelar nosso amor ajudando-nos mutuamente. Precisamos ser misericordiosos e corteses. Precisamos unir-nos puxando as cordas. Unicamente os que vivem a oração de Cristo, executando-a na vida prática, suportarão a prova que há de vir sobre todo o mundo. Os que a si se exaltam, colocam-se sob o poder de Satanás, preparando-se para receber seus enganos. A palavra do Senhor a Seu povo é que levantemos a norma mais e mais alto. Se obedecermos a Sua voz, Ele trabalhará conosco e nossos esforços serão coroados de êxito. Em nossa obra receberemos ricas bênçãos do alto, e ajuntaremos tesouros junto ao trono de Deus. TS2 547 3 Se tão-somente soubéssemos o que está diante de nós, não seríamos tão vagarosos na obra do Senhor. Estamos no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida, sacudir-se-á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não obedecem a Seus mandamentos por palavra e ação. Se não fazemos nenhum esforço para ganhar almas para Cristo, seremos responsáveis pela obra que poderíamos ter feito, mas que não fizemos por causa de nossa indolência espiritual. Os que pertencem ao reino do Senhor, precisam trabalhar com zelo pela salvação de almas. Precisam fazer sua parte em ligar a lei e selá-la entre os discípulos. TS2 548 1 O Senhor designa que a luz que Ele nos deu sobre as Escrituras resplandeça com raios claros e brilhantes; e é o dever de nossos colportores fazer um esforço forte e unido para que o desígnio de Deus seja cumprido. Uma grande e importante obra está diante de nós. O inimigo das almas reconhece isto, e está empregando todos os meios em seu poder para levar o colportor a buscar algum outro ramo de trabalho. Este estado de coisas deve mudar-se. TS2 548 2 Deus chama os colportores a voltar à obra. Ele chama voluntários que ponham na obra todas as energias e conhecimentos, ajudando onde quer que haja oportunidade. O Mestre chama a cada um para fazer a parte que lhe foi dada, segundo sua habilidade. Quem responderá ao chamado? Quem sairá para trabalhar na sabedoria, na graça e amor de Cristo pelos que estão perto e longe? Quem quererá sacrificar a comodidade e o prazer, e entrar nos lugares do erro, da superstição e das trevas, trabalhando zelosa e perseverantemente, falando a verdade em simplicidade, orando em fé, fazendo o trabalho de casa em casa? Quem neste tempo quererá sair fora do arraial, imbuído do poder do Espírito Santo, levando o vitupério por amor de Cristo, abrindo as Escrituras ao povo e chamando-o ao arrependimento? TS2 548 3 Deus tem Seus obreiros em todas as épocas. O chamado da hora é respondido pela vinda do homem. Assim, quando a voz divina clama: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" a resposta virá: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Que todos os que trabalham eficazmente no campo da colportagem sintam no coração que estão fazendo a obra do Senhor em ministrar às almas que não conhecem a verdade para este tempo. Eles estão fazendo soar a nota de advertência nos caminhos e valados, para preparar um povo para o grande dia do Senhor, que está prestes a sobrevir ao mundo. TS2 549 1 Não temos nenhum tempo a perder. Precisamos animar esta obra. Quem sairá agora com nossas publicações? O Senhor comunica habilidade a todo homem e mulher que deseja cooperar com o poder divino. Todo talento, ânimo, perseverança, fé, e tato exigidos, virão ao se vestirem da couraça. Uma grande obra deve ser feita em nosso mundo, e certamente agentes humanos responderão à exigência. O mundo precisa ouvir a advertência. Quando vier o chamado: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" enviai de volta a resposta, clara e distinta: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Escolha de colportores TS2 549 2 Alguns se adaptam melhor que outros a fazer certo trabalho; portanto, não é correto pensar que cada um possa ser colportor. Alguns não têm especial adaptabilidade para esta obra; mas não devem, por isto, ser considerados faltos de fé ou de vontade. O Senhor não é irrazoável em Suas exigências. A igreja é como um jardim em que há uma variedade de flores, cada uma com suas próprias peculiaridades. Embora a muitos respeitos todas possam diferir, todavia cada uma tem um valor particular. TS2 549 3 Deus não espera que, com seus diferentes temperamentos, cada um dentre Seu povo esteja preparado para qualquer e cada lugar. Lembrem-se todos de que há variedade de legados. Não é o trabalho de qualquer homem prescrever a obra de qualquer outro homem, contrariamente a suas próprias convicções do dever. É direito dar conselho e sugerir planos; mas todo homem deve ser deixado na liberdade de buscar direção de Deus, a quem pertence e a quem serve. Preparo para o ministério TS2 550 1 Alguns homens que Deus chamou ao trabalho do ministério, entraram no campo como colportores. Fui instruída de que, se seu objetivo é disseminar a luz, este é um excelente preparo para levar as verdades da Palavra de Deus diretamente ao círculo do lar. Em conversa, muitas vezes o caminho será aberto para eles falarem da religião da Bíblia. Se o trabalho é empreendido como deve ser, famílias serão visitadas, os obreiros manifestarão ternura cristã e amor às almas, e grande bem será o resultado. Esta será uma excelente experiência para qualquer pessoa que tem o ministério em vista. TS2 550 2 Aqueles que se estão preparando para o ministério, não se podem empenhar em outra ocupação que lhes dê tão ampla experiência como a colportagem. -- Testemunhos Para a Igreja 6:334. Suportando durezas TS2 550 3 Aquele que em seu trabalho encontra provas e tentações, deve aproveitar com essas experiências, aprendendo a apoiar-se mais decididamente em Deus. Deve sentir a todo momento sua dependência de Deus. TS2 550 4 Nenhuma queixa deve ser cultivada em seu coração ou ser pronunciada por seus lábios. Quando bem-sucedido, não deve tomar para si nenhuma glória, porque seu êxito é devido à operação dos anjos de Deus sobre o coração. E lembre-se ele de que tanto no tempo de animação como no de desânimo, os mensageiros celestiais estão sempre a seu lado. Ele deve reconhecer a bondade do Senhor, e louvá-Lo com alegria. TS2 550 5 Cristo pôs de lado Sua glória e veio à Terra para sofrer pelos pecadores. Se encontrarmos durezas em nosso trabalho, olhemos para Aquele que é o Autor e Consumador de nossa fé. Então não falharemos nem ficaremos desanimados. Suportaremos as durezas como bons soldados de Jesus Cristo. Lembrai-vos do que Ele diz de todos os verdadeiros crentes: "Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." 1 Coríntios 3:9. Uma preciosa experiência TS2 551 1 Aquele que empreende a obra da colportagem como deve, precisa ser tanto educador como estudante. Enquanto procura ensinar aos outros, ele mesmo precisa aprender a fazer a obra de um evangelista. Saindo os colportores ao campo com coração humilde, cheio de fervente atividade, acharão muitas oportunidades para falar em tempo uma palavra a almas prestes a morrer no desânimo. Depois de trabalhar por estes necessitados, estarão habilitados a dizer: "Noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor." Efésios 5:8. Ao verem o pecaminoso procedimento de outros, podem dizer: "É o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus." 1 Coríntios 6:11. TS2 551 2 Aqueles que trabalham para Deus encontrarão o desânimo, mas pertence-lhes sempre a promessa: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. Deus dará a mais maravilhosa experiência aos que disserem: "Creio em Tua promessa; não fracassarei nem desanimarei." Relatar TS2 551 3 Que aqueles que obtêm tal experiência trabalhando para o Senhor, escrevam um relato dela para nossas revistas, a fim de que outros possam ser animados. Que o colportor fale do gozo e bênção que recebeu em seu ministério como um evangelista. Estes relatórios devem ter lugar em nossas revistas, porque são de vasto alcance em sua influência. Serão como uma doce fragrância na igreja, um cheiro de vida para vida. Assim é visto que Deus trabalha com aqueles que cooperam com Ele. Exemplo na reforma de saúde TS2 551 4 Em vossa associação com incrédulos, não vos permitais desviar-vos dos retos princípios. Se vos sentais à sua mesa, comei temperantemente e só de alimento que não confunda a mente. Guardai-vos da intemperança. Não podeis enfraquecer vossas faculdades mentais ou físicas, sem vos tornardes incapazes para discernir as coisas espirituais. Conservai a mente em tal estado que Deus possa impressioná-la com as preciosas verdades de Sua Palavra. TS2 552 1 Assim tereis influência sobre outros. Muitos procuram corrigir a vida de outros atacando aquilo que consideram como hábitos errôneos. Vão ter com aqueles a quem julgam estar em erro e apontam defeitos, mas não fazem fervoroso, prudente esforço dirigindo a mente para os verdadeiros princípios. Tal procedimento muitas vezes deixa de alcançar os resultados desejados. Procurando corrigir os outros, nós também muitas vezes suscitamos o combate, e assim causamos mais dano do que bem. Não observeis os outros para lhes apontar faltas ou erros. Ensinai pelo exemplo. Que vossa renúncia e vitória sobre o apetite seja uma ilustração de obediência aos retos princípios. Que vossa vida dê testemunho da santificadora, enobrecedora influência da verdade. TS2 552 2 De todos os dons que Deus confiou aos homens, nenhum é mais precioso do que o dom da palavra. Santificado pelo Espírito Santo, é um poder para o bem. É com a língua que convencemos e persuadimos; com ela oferecemos orações e louvores a Deus; e com ela transmitimos ricos pensamentos do amor do Redentor. Mediante um reto uso do dom da palavra, o colportor pode semear as preciosas sementes da verdade em muitos corações. Integridade nos negócios TS2 552 3 A obra está coxeando porque os princípios do evangelho não são obedecidos por aqueles que professam estar seguindo a Cristo. A maneira negligente em que alguns colportores, tanto velhos como moços, têm executado seu trabalho, mostra que têm importantes lições a aprender. Muito trabalho feito a esmo tem sido apresentado diante de mim. Alguns se educaram em hábitos deficientes, e esta deficiência trouxeram à obra de Deus. As sociedades de publicações têm sido grandemente envolvidas em dívidas por não saldarem os colportores seu débito. Colportores têm-se sentido maltratados quando se lhes pediu que pagassem prontamente os livros recebidos das casas publicadoras. Contudo, exigir pronto saldamento é o único modo de efetuar negócio. TS2 553 1 As coisas devem estar arranjadas de modo que os colportores tenham o suficiente para viver sem sacar além do que lhes é devido. Esta porta de tentação precisa ser fechada e trancada. Por honesto que seja o colportor, circunstâncias se levantarão em seu trabalho que lhe serão uma dolorosa tentação. TS2 553 2 A preguiça e a indolência não são frutos nascidos numa árvore cristã. Nenhuma alma pode praticar a prevaricação ou a desonestidade em lidar com os bens do Senhor e ficar inculpável diante de Deus. Todos os que isto fazem, estão negando a Cristo pela ação. Enquanto professam guardar e ensinar a lei de Deus, deixam de manter seus princípios. TS2 553 3 Os bens do Senhor devem ser manejados com fidelidade. O Senhor tem confiado aos homens vida, saúde e as faculdades do raciocínio. Tem-lhes dado força física e mental para ser exercida; e não deveriam estes dons ser fiel e diligentemente empregados para a glória de Seu nome? Têm nossos irmãos considerado que precisam prestar contas de todos os talentos colocados em sua posse? Têm eles negociado sabiamente com os bens de seu Senhor, ou estão gastando negligentemente Sua fazenda e sendo inscritos no Céu como servos infiéis? Muitos estão gastando o dinheiro de seu Senhor em assim chamados prazeres dissolutos; não estão ganhando uma experiência em abnegação, mas gastando o dinheiro em vaidades e deixando de levar a cruz após Jesus. Muitos que são privilegiados com preciosas oportunidades, dadas por Deus, têm desperdiçado a vida e agora se acham em sofrimento e necessidade. TS2 553 4 Deus requer que seja feita decidida melhora nos vários ramos da obra. O negócio feito em conexão com a causa de Deus necessita ser caracterizado pela maior precisão e exatidão. Não tem havido firme, decidido esforço para efetuar uma reforma essencial. Diligência TS2 554 1 Os colportores devem familiarizar-se perfeitamente com o livro que vendem e estar habilitados a chamar de pronto a atenção para os capítulos importantes. TS2 554 2 O colportor deve levar consigo folhetos, brochuras e livros pequenos para dar àqueles que não podem comprar. Deste modo a verdade pode ser introduzida em muitos lares. TS2 554 3 Quando o colportor entra em seu trabalho, não deve permitir-se ser distraído, mas deve inteligentemente conservar seu alvo com toda a diligência. E, todavia, enquanto está colportando, não deve descuidar as oportunidades de auxiliar as almas que estão buscando luz e que precisam do consolo das Escrituras. Se o colportor anda com Deus, se ora pedindo sabedoria celestial para que possa fazer o bem e unicamente o bem em seu trabalho, será pronto em discernir suas oportunidades e as necessidades das almas com quem chega em contato. Fará o máximo de cada oportunidade para atrair almas a Cristo. No espírito de Cristo, ele estará pronto a falar uma palavra ao que está cansado. TS2 555 4 Pela diligência em colportar, apresentando fielmente ao povo a cruz do Calvário, o colportor duplica seus poderes de utilidade. Mas conquanto apresentemos métodos de trabalho, não podemos estabelecer uma linha fixa, pela qual cada um se deva reger; porque as circunstâncias alteram os casos. Deus impressionará àqueles cujo coração está aberto à verdade e almeja direção. Ele dirá a Seu agente humano: "Fala a este ou àquele do amor de Jesus." Tão depressa é mencionado o nome de Jesus com amor e ternura, aproximam-se os anjos de Deus para abrandar e subjugar o coração. TS2 555 1 Sejam os colportores fiéis estudantes, aprendendo como tornar bem-sucedido seu trabalho; e enquanto assim empregados, conservem os olhos, e os ouvidos, e o entendimento abertos para receber sabedoria de Deus, a fim de que possam saber como ajudar aos que estão perecendo por falta do conhecimento de Cristo. Concentre cada obreiro suas energias e use suas faculdades no mais elevado de todos os serviços -- reaver homens do laço de Satanás e ligá-los a Deus, prendendo a cadeia de dependência por Jesus Cristo ao trono circundado pelo arco-íris da promessa. A certeza do êxito TS2 555 2 Uma grande e boa obra pode ser feita pelo colportor-evangelista. O Senhor deu aos homens tato e habilidades. Aos que usam estes talentos confiados para Sua glória, entretecendo princípios bíblicos na textura, será concedido êxito. Devemos trabalhar e orar, pondo nossa confiança nAquele que nunca falta. TS2 555 3 Que os colportores-evangelistas se submetam à operação do Espírito Santo. Que eles, mediante perseverante oração, lancem mão do poder que vem de Deus, confiando nele com fé viva. Sua grande e eficaz influência estará com cada verdadeiro e fiel obreiro. TS2 555 4 Como Deus abençoa o ministro e o evangelista em seus fervorosos esforços por colocar a verdade perante o povo, assim abençoará Ele o colportor fiel. TS2 555 5 O humilde e eficiente obreiro que obedientemente responde ao chamado de Deus, pode estar certo de receber auxílio divino. Sentir tão grande e santa responsabilidade é, em si mesmo, coisa que eleva o caráter. Põe em ação as mais elevadas qualidades mentais, e o contínuo exercício das mesmas fortalece e purifica o espírito e o coração. A influência sobre a própria vida, como sobre a vida de outros, é incalculável. TS2 556 1 Os espectadores descuidados podem não apreciar vossa obra nem ver sua importância. Podem julgá-la um negócio que não dá lucro, uma vida de trabalho ingrato e de sacrifício. Mas o servo de Jesus a vê sob a luz que irradia da cruz. Seus sacrifícios parecem pequenos em comparação com os do bendito Mestre, e ele se sente alegre de seguir Suas pisadas. O êxito de seu trabalho outorga-lhe o mais puro gozo e é a mais rica recompensa de uma vida de paciente labuta. ------------------------Capítulo 79 -- A Escola Sabatina O mais elevado objetivo TS2 557 1 O objetivo da Escola Sabatina deve ser a colheita de almas. A ordem do serviço pode ser irrepreensível; as instalações tudo quanto se possa desejar; mas, se os jovens e as crianças não forem levados a Cristo, a escola é um fracasso; pois a menos que as almas sejam atraídas a Cristo, tornam-se mais e mais incapazes de receber impressão sob a influência de uma religião formal. O professor deve cooperar, ao bater Ele à porta do coração dos que necessitam de auxílio. Caso os alunos correspondam aos rogos do Espírito, e abram a porta do coração para que Jesus entre, Ele lhes abrirá o entendimento, para que compreendam as coisas de Deus. O trabalho do professor é simples, mas caso seja feito no Espírito de Jesus ser-lhe-ão comunicadas profundeza e eficiência, pela operação do Espírito de Deus. TS2 557 2 Deve fazer-se muita obra pessoal na Escola Sabatina. Não se reconhece e aprecia devidamente a necessidade dessa espécie de trabalho. Com o coração cheio de reconhecimento pelo amor de Deus, o qual lhe foi comunicado à alma, deve o professor trabalhar terna e zelosamente pela conversão de seus alunos. TS2 557 3 Que demonstração podemos nós dar ao mundo de que o trabalho da Escola Sabatina não é mera pretensão? Ele será julgado por seus frutos. Será estimado pelo caráter e a obra dos alunos. Em nossas Escolas Sabatinas, devem-se confiar responsabilidades aos jovens cristãos, de modo a desenvolverem suas aptidões e adquirirem poder espiritual. Entreguem-se os jovens primeiramente a Deus, e depois, já nos princípios de sua vida cristã, sejam ensinados a ajudar os outros. Esta obra lhes porá as faculdades em exercício, e os habilitará a aprender a planejar e a executar os próprios planos para o bem de seus companheiros. Busquem eles a companhia dos que precisam de auxílio, não para se empenharem em tolas conversações, mas para representarem o caráter cristão, para serem colaboradores de Deus, conquistando os que não se entregaram a Ele. ... TS2 558 1 Cumpre-nos educar a mocidade a fim de que aprendam a trabalhar pela salvação de almas; educando os jovens para esta obra, também nós aprenderemos a trabalhar com mais êxito, tornando-nos instrumentos eficientes nas mãos de Deus para conversão de nossos alunos. Precisamos imbuir-nos do espírito de zeloso serviço, e apegar-nos a Cristo, reclamando-O como nossa única eficiência. Nossa mente deve dilatar-se, de maneira a termos a devida compreensão das coisas pertencentes à vida eterna. O coração se nos deve abrandar e ser subjugado pela graça de Cristo, para que nos tornemos verdadeiros educadores. TS2 558 2 Que os superintendentes e professores indaguem: Creio eu na Palavra de Deus? Estou eu me entregando Àquele que Se deu por mim, sofrendo cruel morte sobre a cruz para que eu não pereça, mas tenha a vida eterna? Cremos nós que Jesus está atraindo as almas dos que nos rodeiam, mesmo dos que vivem em impenitência e não correspondem a Seu poder de atração? Então, em contrição de alma, dizei: "Mestre, hei de atrair com toda a minha força de influência, hei de atrair para Ti. Confio em Ti, e em Ti somente, para tocar e subjugar o coração pelo poder do Espírito Santo." -- Conselhos Sobre a Escola Sabatina, 61-63. O preparo da lição TS2 558 3 A Escola Sabatina oferece aos pais e aos filhos preciosa oportunidade para o estudo da Palavra de Deus. Mas a fim de obter esse benefício que devem alcançar na Escola Sabatina, tanto os pais como os filhos devem consagrar tempo ao estudo das lições, procurando obter completo conhecimento dos fatos apresentados, e também das verdades espirituais que essas verdades se destinam a ensinar. Devemos impressionar em especial a mente das crianças com a importância de buscar a plena significação do texto em estudo. ... TS2 559 1 Pais, ponde de parte, cada dia, algum tempo para o estudo da lição da Escola Sabatina com vossos filhos. Renunciai à visita social se necessário for, de preferência a sacrificar a hora consagrada às preciosas lições da história sagrada. Os pais, da mesma maneira que os filhos, receberão benefício deste estudo. Decorem-se as passagens mais importantes da Escritura ligadas com a lição, e seja isto, não uma tarefa, mas um privilégio. Conquanto a princípio a memória seja deficiente, há de crescer em força mediante o exercício, de modo que, dentro de algum tempo, haveis de deleitar-vos em entesourar assim as preciosas palavras da verdade. E esse hábito se demonstrará valiosíssimo auxílio no crescimento religioso. ... TS2 559 2 Tende método no estudo das Escrituras em vossa família. Negligenciai qualquer coisa de natureza temporal; dispensai toda costura desnecessária e as provisões supérfluas para a mesa, mas assegurai-vos de que a alma está sendo alimentada com o pão da vida. Impossível é avaliar os bons resultados de uma hora ou mesmo meia hora diária, consagrada, com satisfação e sociabilidade, à Palavra de Deus. Fazei a Bíblia sua própria expositora, reunindo tudo quanto aí é dito acerca de determinado assunto, em tempos diferentes e em várias circunstâncias. Não interrompais vossa classe doméstica por causa de pessoas que vos procuram ou de visitas. Caso cheguem durante o culto, convidai-os a tomar parte nele. Deixai claro que considerais mais importante obter conhecimento da Palavra de Deus do que adquirir lucros ou fruir prazeres do mundo. -- Idem, 41-43. TS2 559 3 Os alunos da Escola Sabatina devem ser diligentes, cavar fundo e buscar com o máximo cuidado as preciosas gemas da verdade contidas nas lições semanais. Os privilégios e oportunidades que ora têm de se tornarem entendidos no que respeita às Escrituras, não devem ser negligenciados. Deus quer que os que professam segui-Lo estejam cabalmente providos de provas das doutrinas de Sua Palavra. Quando e onde podem estas ser melhor obtidas do que na juventude, na Escola Sabatina? De maneira alguma devem os pais tratar isto com indiferença. -- Idem, 22. A hora da Escola Sabatina TS2 560 1 A Escola Sabatina deve ser um lugar em que se busquem as jóias da verdade, libertando-as dos erros que as cercam e colocando-as em seu verdadeiro engaste, na moldura do evangelho. Preciosas gemas da verdade, há muito perdidas de vista, devem ser agora restituídas aos filhos de Deus. Os temas da justificação pela fé, da justiça de Cristo, devem ser apresentados em nossas escolas, para que os jovens e as crianças possam compreender esses importantes assuntos, e mestres e alunos conheçam o caminho da salvação. Sagrados e eternos princípios relacionados com o plano da salvação, foram há muito perdidos de vista, mas devem ser restaurados a seu próprio lugar no plano da salvação, fazendo-se com que apareçam em seu celeste aspecto, e penetrem a treva moral em que o mundo se acha envolvido. -- Idem, 12, 13. TS2 560 2 A fim de fazer a vontade de Deus, precisamos pesquisar Sua Palavra, para que conheçamos Sua doutrina, e ponhamos na tarefa toda a capacidade com que fomos dotados. Cumpre-nos ser diligentes na oração, e fervorosos no serviço simples e sincero para Deus. Os que se acham empenhados como professores na Escola Sabatina, devem ter fome e sede da verdade divina, a fim de poderem comunicar esse Espírito aos que se encontram sob seus cuidados, e levar os discípulos a buscarem a verdade como a tesouros escondidos. Não queremos que nossas Escolas Sabatinas sejam dirigidas de maneira a fazerem dos alunos, hipócritas; pois isto não pode promover os interesses da verdadeira religião. Haja, portanto, em buscar a Deus mais atenção, para que o Espírito do Senhor esteja em vossa escola, do que em possuirdes todos os aparelhamentos mecânicos que desejais. Qualquer alta pretensão está fora de lugar na obra da Escola Sabatina, e a operação mecânica da escola é de pouco valor caso o Espírito de Deus não abrande e molde o coração dos professores e alunos. -- Idem, 73. TS2 561 1 Em algumas escolas, sinto dizer, domina o costume de ler a lição. Isto não deve acontecer. Não é preciso que assim seja, uma vez que o tempo tantas vezes desnecessária e mesmo pecaminosamente empregado seja concedido ao estudo das Escrituras. Não há motivo de as lições da Escola Sabatina serem menos perfeitamente aprendidas por professores e alunos do que o são as da escola diária. Antes devem ser mais bem aprendidas, porquanto tratam de assuntos infinitamente mais importantes. A negligência a esse respeito é desagradável a Deus. -- Idem, 117, 118. TS2 561 2 O objetivo da Escola Sabatina não deve ser perdido de vista nos arranjos mecânicos, ocupando assim tempo que deve ser dedicado a outros assuntos de importância. Cumpre-nos guardar-nos sempre das formas e cerimônias que eclipsem o objetivo real por que estamos trabalhando. Há perigo de levar o sistema a tal extremo, que a Escola Sabatina se torne enfadonha quando, ao contrário, deve ser um descanso, um refrigério e bênção. TS2 561 3 A pureza e simplicidade da Escola Sabatina não devem ser absorvidas em tão ilimitada variedade de formas, que não se possa dedicar tempo suficiente aos interesses religiosos. A beleza e êxito da escola, acham-se em sua simplicidade e sinceridade no servir a Deus. Coisa alguma se pode fazer sem ordem e regulamento, mas estes podem ser arranjados de maneira a excluir maiores e mais importantes deveres. Deve-se dizer menos aos alunos acerca de preliminares e sistemas exteriores, e muito mais quanto à salvação de sua alma. Isto deve ser feito o princípio dominante da escola. -- Idem, 151. TS2 561 4 A grande necessidade na Escola Sabatina, não é de maquinismo, mas de conhecimento das coisas espirituais. Quão grandemente precisam os obreiros do batismo do Espírito Santo, a fim de se tornarem verdadeiros missionários para Deus! -- Idem, 155. Retirar semanalmente ofertas para as missões TS2 562 1 Damos graças a Deus por que nossas Escolas Sabatinas têm contribuído bastante para promover muito precioso empreendimento. Os jovens e as crianças têm dado suas moedinhas que, como pequeninos regatos, têm suprido uma corrente de beneficência. As crianças devem ser educadas de tal maneira que pratiquem atos de abnegação a cuja vista o Céu se regozije. Enquanto se acham sob o orvalho da juventude, devem as crianças ser exercitadas a fazer serviço para Cristo. Cumpre ensinar-lhes a abnegação. TS2 562 2 Esta questão de dar não deve ser deixada à mercê dos impulsos. Deus nos tem dado instruções definidas a esse respeito. Ele especificou dízimos e ofertas como a medida de nossa obrigação. E deseja que demos regular e sistematicamente. Paulo escreveu à igreja de Corinto: "Quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade." 1 Coríntios 16:1, 2. Examine cada um regularmente sua renda, a qual é toda uma bênção de Deus, e ponha de parte o dízimo como um fundo separado, para ser sagradamente do Senhor. Esse fundo não deve em caso algum ser empregado em qualquer outro fim; unicamente para sustento do ministério evangélico. Depois de separado o dízimo, sejam tirados ofertas e donativos, segundo "a sua prosperidade" que Deus lhe deu. -- Idem, 129, 130. TS2 562 3 Na dispensação judaica, por ocasião do nascimento dos filhos era feita uma oferta a Deus, por indicação dEle próprio. ... TS2 562 4 Por ocasião de aniversários, os filhos devem ser ensinados que têm motivos de gratidão para com Deus por Sua terna benignidade em lhes conservar a vida por um ano mais. Podem-se dar assim preciosas lições. Pela vida, a saúde, o alimento, o vestuário, não menos que pela esperança da vida eterna, somos devedores ao Doador de todas as mercês; e devemos a Deus o reconhecimento de Seus dons, e apresentar nossas ofertas de gratidão a nosso maior Benfeitor. Essas ofertas de gratidão são reconhecidas no Céu. -- Idem, 143. Ter em mira ganhar almas TS2 563 1 Como obreiros de Deus precisamos mais de Jesus e menos do próprio eu. Devemos sentir mais preocupação pelas almas, e orar diariamente para que nos sejam dadas forças e sabedoria para o sábado. Professores, encontrai-vos com vossas classes. Orai com elas, e ensinai-as a orar. Abrande-se o coração, e sejam as petições breves e simples, mas fervorosas. Sejam poucas e bem escolhidas as vossas palavras; e aprendam eles de vossos lábios e pelo vosso exemplo que a verdade de Deus precisa estar arraigada em seu coração, do contrário eles não poderão resistir à prova da tentação. Precisamos ver classes inteiras de jovens convertidos a Deus, e crescendo como membros úteis da igreja. TS2 563 2 Não permitais que toda a vossa força e energia sejam empregadas em coisas mundanas, temporais, durante a semana, de modo que não tenhais energia e força moral para consagrar ao serviço de Cristo no sábado. Há importante trabalho a fazer mesmo agora. Não temos um momento de tempo a usar egoistamente. Que tudo quanto fizermos, seja feito visando unicamente a glória de Deus. Não descanseis enquanto cada criança em vossa classe não for levada ao conhecimento salvador de Cristo. -- Idem, 125. TS2 563 3 Os professores da Escola Sabatina precisam andar cuidadosamente e com oração diante de Deus. Cumpre-lhes trabalhar como quem tem de dar contas. É-lhes dada uma oportunidade de ganhar almas para Cristo, e quanto mais os jovens estiverem em impenitência, tanto mais confirmados se tornam em sua resistência ao Espírito de Deus. Com o aumento de anos é provável haver decréscimo de sensibilidade para as coisas divinas, menor susceptibilidade à influência da religião. Todo dia Satanás opera para os firmar em seus hábitos de desobediência, no espírito de impenitência, e há menos probabilidade de que se tornem cristãos. E quais serão as contas a ser prestadas afinal pelos indiferentes professores? Por que a timidez moral ata a alma do professor, tornando-o relutante para envidar os devidos esforços pela conversão de preciosas almas de jovens e crianças? Por que não permitir que o Espírito Santo crie em torno da alma uma atmosfera que dissipe as trevas morais e traga aos outros luz celeste? -- Idem, 80. TS2 564 1 Nossos obreiros da Escola Sabatina necessitam imbuir-se especialmente do Espírito de Cristo. Não podem ser colaboradores Seus a menos que Ele lhes habite no coração pela fé. ... As crianças necessitam mais decidido esforço com relação à cultura religiosa. Os obreiros dirigentes e os professores devem trabalhar no sentido da harmonia perfeita. Deve haver cooperação por parte de pais, filhos e professores. Trabalhe todo obreiro no sentido de desenvolver sabedoria e tato, de maneira a exercer aquele bem dirigido esforço exigido por Deus. Cumpre-nos cultivar tato e penetrante discernimento, para sermos prontos a ver as oportunidades de fazer o bem, e apoderar-nos delas, aproveitando-as ao máximo. -- Idem, 159, 160. TS2 564 2 Os oficiais e professores da Escola Sabatina precisam da guia e instrução do Espírito Santo, a fim de serem verdadeiros educadores, capazes de inspirar o pensamento, e trazer à memória as coisas que ensinaram aos alunos. É a obra do Espírito Santo o trazer à mente de maneira clara e distinta, as palavras e obras de Cristo, para que os que ensinam acerca do Redentor do mundo, tenham poder para exaltar a Cristo ante o espírito de seus alunos. Em todos os arranjos da Escola Sabatina há necessidade do auxílio do Espírito Santo, a fim de que se possam escolher para assumir posições de responsabilidade como superintendentes, oficiais e professores, homens e mulheres de Deus. -- Idem, 160. Os oficiais e professores TS2 565 1 Ao escolher os oficiais, de tempos em tempos, certificai-vos de que não sois movidos por preferências pessoais, mas ponde nas posições de responsabilidade pessoas que estais convencidos de que amam e temem a Deus, e que farão de Deus seu conselheiro. Sem o amor e o temor de Deus, por mais brilhantes que sejam intelectualmente, haverá fracasso. Diz Jesus: "Sem Mim nada podeis fazer." Isto de escolher oficiais não deve ser deixado ao controle dos alunos da Escola Sabatina. O mudar freqüentemente os oficiais será vantajoso para a escola; pois a mente de um homem não deve moldar a de todos os outros. Talvez ele seja dotado de algumas excelentes aptidões, e ainda ser deficiente em outros sentidos. Talvez o que for escolhido seja eficiente onde o outro falhava. Espíritos e qualidades diversos, introduzirão idéias novas, outras correntes de pensamento; e isto é essencial. Mas, acima de tudo o mais, escolhei aqueles que, na simplicidade de sua alma, estão andando na verdade, que amam e temem a Deus, e Lhe aprendem as lições em Sua escola. Tais pessoas levarão os alunos para diante e para cima. Sob a direção de professores sábios, os alunos tomarão mais interesse pela Palavra de Deus, e terão mais profunda visão das Escrituras. -- Idem, 165. TS2 565 2 O Senhor pede aos rapazes e moças que se cinjam para um trabalho de toda a vida, um zeloso trabalho na obra da Escola Sabatina. Esforços intermitentes não servem para realizar muito bem, ou tornar-vos bem-sucedidos obreiros na obra de Deus. Mediante paciente continuidade no fazer o bem, haveis de tornar-vos coobreiros de Deus. Deveis reconhecer-vos como servos do Senhor através do dia. Sede cada dia diligentes em vosso trabalho, e vede que não façais para vossos pés nenhum caminho tortuoso, para que o que coxeia, por causa de vossos erros se não desvie da vereda da retidão. -- Idem, 13. TS2 565 3 Todo professor da Escola Sabatina deve ser um seguidor de Cristo, e os que não se identificarem como discípulos dEle, mostrando por uma vida coerente que são cristãos, não devem ser convidados para professores na Escola Sabatina, pois necessitam de que alguém primeiro lhes ensine os princípios fundamentais do amor e do temor de Deus. "Sem Mim", diz Cristo, "nada podeis fazer." João 15:5. Então, de que valor seria o ensino de uma pessoa que nada sabe, por experiência pessoal, do poder de Cristo? Seria grande incoerência insistir com uma pessoa assim para tomar uma classe na Escola Sabatina, e pior ainda é permitir que uma classe esteja sob a influência de um professor cujo vestuário e comportamento negam o Salvador, a quem professa servir. TS2 566 1 Os que ensinam na Escola Sabatina devem sentir o coração aquecido e revigorado pela verdade de Deus, não sendo apenas ouvintes, mas também obradores da Palavra. Devem nutrir-se de Cristo como as varas se nutrem da videira. O orvalho da graça celeste deve cair sobre eles, a fim de que seu coração seja como preciosas plantas cujos botões se abrem e rescendem aprazível odor, como flores no jardim de Deus. Os professores devem ser diligentes estudantes da Palavra divina, e revelar sempre que estão aprendendo lições diárias na escola de Cristo, e são aptos a comunicarem a outros a luz que têm recebido dAquele que é o Grande Mestre, a Luz do mundo. TS2 566 2 Os professores devem sentir a própria responsabilidade, e aproveitar toda ocasião de aperfeiçoar-se, de modo a prestarem a melhor espécie de serviço, por maneira que dê em resultado a salvação de almas. -- Idem, 93, 94. TS2 566 3 Deus deu o dom do raciocínio e do intelecto a um obreiro da mesma maneira que deu a outro; e, segundo as vossas aptidões, deveis dar vossos talentos aos banqueiros. O Senhor não quer que nenhum obreiro seja simples sombra de outro a quem ele admira. O professor deve crescer até à estatura de Cristo, não segundo a de qualquer finito e falível mortal. Deveis "crescer na graça", e onde se pode a graça encontrar? Unicamente em Cristo, o Modelo divino. TS2 566 4 Olhe, então cada um a Cristo, e imite o divino Modelo. Que todo obreiro exercite ao máximo suas faculdades em harmonia com o plano de Deus. Aprenda ele na escola de Cristo, para que seja sábio em instruir outros. Os que são confiados ao cuidado do professor da Escola Sabatina, necessitam da sabedoria e experiência que Deus pode dar ao seguidor de Cristo. Aprenda o professor a mansidão e humildade de coração revelada em Cristo, de modo a ser um verdadeiro mestre e granjear seus alunos para o Senhor e se tornem eles assim, por sua vez, fiéis missionários no grande campo da seara. -- Idem, 106. TS2 567 1 Existe entre nós uma carência de aptidões educadas, e não possuímos homens suficientemente preparados para corresponderem ao trabalho de dirigir nossas Escolas Sabatinas e igrejas. Muitos que conhecem a verdade não a compreendem ainda de maneira a se absterem de introduzir o que é deles próprios ao apresentá-la. Não estão preparados a expô-la de modo que seu caráter sagrado, solene seja claro para o povo. Em vez de menos disciplina, necessitam de mais completo preparo. Impossível é a qualquer pessoa prever para que poderá ser chamada. Talvez seja colocada em situações em que necessite de pronto discernimento e argumentos ponderados, e portanto é para honra de Cristo que se multipliquem entre nós os obreiros bem educados; estarão mais habilitados a comunicar a verdade de maneira clara, inteligente, e a verdade deve ser apresentada o quanto possível livre de defeitos. -- Idem, 156. Os instrumentos de Deus TS2 567 2 Sinto profundo interesse em nossas Escolas Sabatinas de toda a Terra, pois creio que são instrumentos de Deus na educação de nossa mocidade nas verdades bíblicas. Cumpre haver constantes esforços, tanto por parte dos pais como dos professores, em interessar os jovens nos assuntos de importância eterna. A Escola Sabatina é um campo missionário, e muitíssimo mais espírito missionário deve ser manifestado nesta importante obra do que se tem feito no passado. -- Idem, 10. ------------------------Capítulo 80 -- Ser hospitaleiro TS2 568 1 A Bíblia põe muita ênfase na prática da hospitalidade. Não somente a recomenda como um dever, mas apresenta muitos belos quadros do exercício desta graça e das bênçãos que ela traz. Entre estes, destaca-se o exemplo de Abraão. TS2 568 2 Vemos o patriarca, nos registros do Gênesis, na hora calmosa do dia, descansando à porta de sua tenda, à sombra dos carvalhais do Manre. Passam perto três viajantes. Não fazem nenhuma solicitação de hospitalidade, de nenhum favor; mas Abraão não lhes permite continuar o caminho sem se refrigerarem. É um homem idoso, revestido de dignidade e riqueza, pessoa altamente honrada e habituada a mandar; todavia, ao ver esses estranhos, "correu da porta da tenda ao seu encontro, e inclinou-se à terra". Dirigindo-se ao principal, disse: "Meu Senhor, se agora tenho achado graça nos Teus olhos, rogo-Te que não passes de Teu servo." Gênesis 18:2, 3. Trouxe com as próprias mãos água para que eles lavassem de seus pés o pó da viagem. Ele próprio escolheu-lhes o alimento; enquanto descansavam à fresca sombra, Sara, sua esposa, preparou-se para os hospedar, e Abraão ficou respeitosamente ao lado deles enquanto lhe recebiam a hospitalidade. Mostrou-lhes essa bondade como simples viajantes, estrangeiros em trânsito, os quais talvez nunca mais lhe cruzassem o caminho. Finda a hospitaleira refeição, porém, os hóspedes se revelaram. Ele servira, não apenas a anjos celestes, mas ao glorioso Comandante deles, a seu Criador, Redentor e Rei. E foram expostos a Abraão os conselhos do Céu, e ele foi chamado "o amigo de Deus". ... TS2 568 3 Ló, sobrinho de Abraão, conquanto houvesse estabelecido seu lar em Sodoma, estava possuído do espírito de bondade e hospitalidade do patriarca. Vendo ao cair da noite dois estrangeiros à porta da cidade, e conhecendo os perigos que certamente os assaltariam naquela ímpia cidade, Ló insistiu com eles para irem para sua casa. Não pensou absolutamente no perigo que poderia resultar para ele próprio e sua família. Fazia parte da obra de sua vida proteger os que corriam risco e cuidar dos que não tinham lar, e o ato bondosamente praticado para com dois desconhecidos viajantes, introduziu anjos em seu lar. Aqueles a quem ele procurou proteger, vieram a protegê-lo a ele próprio. Ao cair da noite, ele os levara à sua própria porta para pô-los em segurança; ao alvorecer eles o levaram, e a sua família, para fora da porta da cidade condenada, a fim de os pôr a salvo. TS2 569 1 Tais atos de cortesia foram reputados por Deus suficientemente importantes para serem registrados em Sua Palavra; e mais de mil anos depois, esses atos foram mencionados por um inspirado apóstolo: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos." Hebreus 13:2. TS2 569 2 O privilégio concedido a Abraão e a Ló, não nos é negado a nós. Mostrando hospitalidade aos filhos de Deus nós, também, podemos receber-Lhe os anjos em nossa morada. Mesmo nos dias atuais, anjos em forma humana entram no lar dos homens e são aí hospedados por eles. E os cristãos que vivem à luz do rosto de Deus estão sempre acompanhados por anjos invisíveis, e esses seres santos deixam após si uma bênção em nosso lar. TS2 569 3 "Dado à hospitalidade", eis uma das especificações mencionadas pelo Espírito Santo como devendo assinalar uma pessoa apta a assumir responsabilidades na igreja. E a toda a igreja é feita a recomendação: "Sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações. Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus." 1 Pedro 4:9, 10. Princípios de hospitalidade TS2 569 4 Estas admoestações têm sido estranhamente negligenciadas. Mesmo entre os que professam ser cristãos, pouco exercida é a verdadeira hospitalidade. Entre nosso próprio povo, não é considerada como deve ser a oportunidade de ser hospitaleiro, como um privilégio e uma bênção. Há positivamente muito pouca sociabilidade, muito pouca disposição de fazer lugar para mais dois ou três à nossa mesa de família, sem embaraço ou ostentação. Alguns alegam ser "demasiado incômodo". Não o será se disserdes: "Não fizemos nenhum preparativo especial, mas sois bem-vindos a participar do que temos." Para o hóspede inesperado, um bom acolhimento é muito mais apreciado do que a mais trabalhosa preparação. TS2 570 1 É negar a Cristo fazer para as visitas preparativos que exigem tempo que de direito pertence ao Senhor. Nisto cometemos roubo para com Deus. E prejudicamos igualmente a outros. Com o preparar uma elaborada hospedagem, muitos privam a própria família da necessária atenção, e seu exemplo leva outros a imitá-los. TS2 570 2 Fadigas e preocupações desnecessárias são criadas pelo desejo de fazer alarde ao hospedar visitas. A dona-de-casa trabalha excessivamente a fim de preparar grande variedade para a mesa; por causa dos muitos pratos preparados, os hóspedes comem demais; e doença e sofrimento, provenientes do demasiado trabalho, de um lado, e de comer excessivamente do outro, eis o resultado. Esses elaborados banquetes são um fardo e um dano. TS2 570 3 Mas o Senhor requer que cuidemos dos interesses de nossos irmãos e irmãs. O apóstolo Paulo deu um exemplo disso. Diz ele à igreja de Roma: "Recomendo-vos pois Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia. Para que a recebais no Senhor, como convém a santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo." Romanos 16:1, 2. Febe hospedava ao apóstolo, e era de maneira notável hospedeira dos estrangeiros que necessitavam de cuidado. Seu exemplo deve ser imitado pelas igrejas de hoje. TS2 570 4 Deus Se desagrada com o interesse egoísta tantas vezes manifestado por "mim e minha família". Toda família que manifesta esse espírito necessita converter-se pelos puros princípios manifestados na vida de Cristo. Os que se encerram em si mesmos, que não estão dispostos a se incomodar para dar hospedagem, perdem muitas bênçãos. TS2 571 1 Alguns de nossos obreiros ocupam posições em que lhes é necessário receber freqüentemente hóspedes, sejam os próprios irmãos, sejam estranhos. Alguns insistem em que a associação tome conta disto, e que, além do salário regular deles, seja-lhes concedida uma importância suficiente para cobrir essa despesa extraordinária. O Senhor, porém, deu a obra de hospedar a todo o Seu povo. Não é do plano divino que um ou dois hospedem por toda a associação ou igreja, ou que obreiros sejam pagos para hospedar seus irmãos. Isto é uma invenção nascida do egoísmo, e os anjos de Deus tomam nota destas coisas. TS2 571 2 Os que viajam de um lugar para outro como evangelistas ou missionários em qualquer ramo, devem receber hospedagem dos membros das igrejas entre as quais trabalhem. Irmãos e irmãs, proporcionai um lar a esses obreiros, mesmo que seja com considerável sacrifício pessoal. TS2 571 3 Cristo mantém um relatório de toda despesa em que incorremos para dar hospedagem por amor dEle. Ele supre tudo quanto é necessário para esta obra. Aqueles que, por amor de Cristo, hospedam seus irmãos, fazendo o possível para tornar a visita proveitosa tanto aos hóspedes como a si mesmos, são registrados no Céu como dignos de bênçãos especiais. A lição de hospitalidade dada por Cristo TS2 571 4 Em Sua própria vida, Cristo deu uma lição de hospitalidade. Quando rodeado pela multidão faminta à beira-mar, não os mandou para casa sem refrigério. Ele disse aos discípulos: "Dai-lhes vós de comer." Mateus 14:16. E, mediante um ato de poder criador, supriu alimento suficiente para satisfazer-lhes às necessidades. Todavia, quão simples foi a comida proporcionada! Nada de finas iguarias. Aquele que tinha à Sua disposição todos os recursos do Céu, poderia haver estendido diante do povo um opulento repasto. Supriu, no entanto, o que bastasse às necessidades deles, o que constituía o alimento diário dos pescadores nas proximidades do mar. TS2 572 1 Caso os homens fossem hoje simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da Natureza, haveria abundante provisão para todas as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias, e mais ensejos de trabalhar segundo a maneira de Deus. TS2 572 2 Cristo não procurava atrair os homens a Si, satisfazendo-lhes o desejo de manjares deliciosos. A simples refeição que Ele proveu, foi uma garantia, não somente de Seu poder mas de Seu amor, do terno cuidado que tinha por eles nas necessidades comuns da vida. E ao alimentá-los com os pães de cevada, dava-lhes também a comer o pão da vida. Aí está nosso exemplo. Nossa comida pode ser simples e mesmo escassa. Podemos ter nossa sorte com a pobreza. Talvez nossos recursos não sejam maiores do que os dos discípulos com os cinco pães e os dois peixinhos. Todavia, ao nos pormos em contato com os que necessitam, Cristo nos manda: "Dai-lhes vós de comer." Cumpre-nos repartir daquilo que temos; e, ao darmos, Cristo verá que nos seja suprida a falta. TS2 572 3 Lede em relação com isto a história da viúva de Sarepta. A esta mulher em uma terra pagã, enviou Deus Seu servo num tempo de fome, a fim de pedir alimento. "Porém ela disse: Vive o Senhor teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui, apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos. E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo para fora; depois farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra. E foi ela, e fez conforme à palavra de Elias." 1 Reis 17:12-15. TS2 573 1 Maravilhosa foi a hospitalidade manifestada ao profeta de Deus por esta mulher fenícia, e maravilhosamente lhe foram recompensadas a fé e a generosidade. "E assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias. Da panela a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme à Palavra do Senhor, que falara pelo ministério de Elias. E depois destas coisas sucedeu que adoeceu o filho desta mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou muito, até que nele nenhum fôlego ficou. Então ela disse a Elias: Que tenho eu contigo, homem de Deus? Vieste tu a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade, e matares a meu filho? E ele lhe disse: Dá-me o teu filho. E ele o tomou no seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama. ... Então se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor. ... E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu. E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive. Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a Palavra do Senhor na tua boca é verdade." V. 15-24. TS2 573 2 Deus não mudou. Seu poder não é menor agora do que nos dias de Elias. E não menos garantida é agora do que quando foi proferida por nosso Salvador, a promessa dada por Ele: "Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta." Mateus 10:41. "Eu recompensarei" TS2 573 3 A Seus fiéis servos hoje, da mesma maneira que a Seus primeiros discípulos, aplicam-se as palavras de Cristo: "Quem vos recebe, a Mim Me recebe; e quem Me recebe a Mim, recebe Aquele que Me enviou." V. 40. Ato algum de bondade praticado em Seu nome deixará de ser reconhecido e recompensado. E no mesmo terno reconhecimento Cristo inclui até o mais fraco e mais humilde da família de Deus. "E qualquer que tiver dado", diz Ele, "só que seja um copo de água fria a um destes pequenos" -- os que são como crianças em sua fé e seu conhecimento de Cristo -- "em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão". V. 42. TS2 574 1 A pobreza não nos deve excluir de manifestar hospitalidade. Cumpre-nos partilhar o que temos. Pessoas há que lutam para ganhar a subsistência, e têm grande dificuldade para conseguir que sua renda chegue para as necessidades; amam, porém, a Jesus na pessoa de Seus santos, e estão prontos a manifestar hospitalidade a crentes e descrentes, procurando tornar proveitosas suas visitas. À mesa e ao altar da família, são bem-vindos os hóspedes. O período de oração impressiona os que recebem a hospedagem, e mesmo uma visita pode significar a salvação de uma alma da morte. Desta obra faz o Senhor a estimativa, dizendo: "Eu recompensarei." TS2 574 2 Irmãos e irmãs, convidai para vossa casa os que estão precisando de hospedagem e de bondosa atenção. Não façais luxo; mas ao verdes sua necessidade, levai-os para casa e mostrai-lhes genuína hospitalidade cristã. Há preciosos privilégios no intercâmbio social. TS2 574 3 "Nem só de pão viverá o homem", e como repartimos com outros nosso alimento material, assim devemos comunicar esperança e ânimo e amor cristão. Cumpre-nos "consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus". 2 Coríntios 1:4. E pertence-nos a certeza: "Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra." TS2 574 4 Achamo-nos em um mundo de pecado e tentação; por toda parte ao nosso redor, há almas perecendo sem Cristo, e Deus quer que trabalhemos por elas em toda maneira possível. Se tendes um lar aprazível, convidai para ele os jovens que não têm lar, os que se acham necessitados de auxílio, que anseiam simpatia e palavras bondosas, respeito e cortesia. Caso os desejeis levar a Cristo, precisais mostrar por eles amor e respeito, como aquisição do Seu sangue. TS2 575 1 Achamo-nos, pela providência de Deus, em associação com os inexperientes, com muitos necessitados de piedade e compaixão. Eles precisam de auxílio, pois são fracos. Os jovens necessitam de ajuda. Na força dAquele cuja terna benignidade se exercita para com os desamparados, os ignorantes e os que são considerados como os menores dentre Seus pequeninos, cumpre-nos trabalhar por seu futuro bem, pela formação de um caráter semelhante a Cristo. Aqueles mesmos que mais necessitam auxílio, provarão por vezes duramente nossa paciência. "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos", diz Cristo, "porque Eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai que está nos Céus." Mateus 18:10. E aos que ministram a essas almas, declara o Salvador: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40. TS2 575 2 A fronte dos que realizam esta obra cingirá a coroa do sacrifício. Mas receberão o seu galardão. Veremos no Céu os jovens a quem ajudamos, os que convidamos para nosso lar, a quem desviamos da tentação. Ver-lhes-emos o rosto refletindo o brilho da glória de Deus. "E verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome." Apocalipse 22:4. ------------------------Testemunhos Seletos 3 TS3 3 1 Capítulo 1 -- Preparo para a crise final TS3 7 2 Capítulo 2 -- Observância do Sábado TS3 22 1 Capítulo 3 -- Dar a Deus o que lhe pertence TS3 28 1 Capítulo 4 -- Cristo em toda a Bíblia TS3 29 1 Capítulo 5 -- Nossa atitude para com as autoridades civis TS3 32 1 Capítulo 6 -- A igreja e o ministério TS3 36 1 Capítulo 7 -- As atividades missionárias no lar TS3 48 2 Capítulo 8 -- Auxílio para os campos missionários TS3 52 1 Capítulo 9 -- O direito conferido pela redenção TS3 55 1 Capítulo 10 -- Trabalho para os membros da igreja TS3 59 4 Capítulo 11 -- A obra nas cidades TS3 62 1 Capítulo 12 -- O culto doméstico TS3 64 2 Capítulo 13 -- Responsabilidades da vida conjugal TS3 69 1 Capítulo 14 -- O conhecimento dos princípios de saúde TS3 73 3 Capítulo 15 -- Obreiros de nossas instituições médicas TS3 76 3 Capítulo 16 -- Fora das cidades TS3 79 4 Capítulo 17 -- Considerações acerca dos edifícios TS3 83 0 Capítulo 18 -- A centralização TS3 87 1 Capítulo 19 -- O sinal da nossa ordem TS3 89 1 Capítulo 20 -- O Sábado em nossos restaurantes TS3 91 3 Capítulo 21 -- Alimentos saudáveis TS3 94 1 Capítulo 22 -- Educar o povo TS3 97 1 Capítulo 23 -- Nossas casas publicadoras TS3 105 1 Capítulo 24 -- Nossa literatura denominacional TS3 113 1 Capítulo 25 -- Trabalho comercial TS3 118 5 Capítulo 26 -- Casas publicadoras em campos missionários TS3 119 3 Capítulo 27 -- A igreja e a casa publicadora TS3 125 4 Capítulo 28 -- A santidade dos instrumentos divinos TS3 126 3 Capítulo 29 -- Cooperação TS3 128 3 Capítulo 30 -- Domínio próprio e fidelidade TS3 131 1 Capítulo 31 -- O perigo das leituras impróprias TS3 133 1 Capítulo 32 -- Fé e ânimo TS3 137 3 Capítulo 33 -- Reuniões de comissões TS3 140 3 Capítulo 34 -- Disciplina da igreja TS3 144 1 Capítulo 35 -- A comissão TS3 147 1 Capítulo 36 -- A promessa do espírito TS3 152 1 Capítulo 37 -- A obra na pátria e no estrangeiro TS3 156 1 Capítulo 38 -- A obra na Europa TS3 158 1 Capítulo 39 -- Uma visão do conflito TS3 159 2 Capítulo 40 -- Uma advertência desatendida TS3 163 2 Capítulo 41 -- O selo de Deus e o sinal da besta TS3 164 2 Capítulo 42 -- Aquele que leva sobre si as nossas cargas TS3 165 3 Capítulo 43 -- O estudo da palavra de Deus TS3 167 1 Capítulo 44 -- O valor da palavra de Deus TS3 169 1 Capítulo 45 -- Liderança TS3 170 6 Capítulo 46 -- Unidade com Cristo em Deus TS3 174 3 Capítulo 47 -- Devem os membros da igreja sair a trabalhar TS3 177 1 Capítulo 48 -- Achados em falta? TS3 180 1 Capítulo 49 -- Rumo ao lar TS3 182 1 Capítulo 50 -- As leis da natureza TS3 184 1 Capítulo 51 -- Um Deus pessoal TS3 189 1 Capítulo 52 -- O perigo do conhecimento especulativo TS3 198 1 Capítulo 53 -- A última crise TS3 203 4 Capítulo 54 -- Chamados para ser testemunhas TS3 211 1 Capítulo 55 -- Atividade missionária TS3 217 1 Capítulo 56 -- Necessidade de esforço fervoroso TS3 220 3 Capítulo 57 -- Nossas publicações TS3 223 1 Capítulo 58 -- Distribuir as publicações TS3 225 2 Capítulo 59 -- Uma visão mais ampla TS3 228 1 Capítulo 60 -- Instruções ministradas em assembléias TS3 231 1 Capítulo 61 -- Condições existentes nas cidades TS3 236 1 Capítulo 62 -- A obra atual TS3 244 2 Capítulo 63 -- Apelo aos membros leigos TS3 251 1 Capítulo 64 -- Fidelidade na reforma do regime alimentar TS3 260 2 Capítulo 65 -- Um chamado para evangelistas médico-missionários TS3 264 4 Capítulo 66 -- A escola de médicos-evangelistas TS3 269 1 Capítulo 67 -- União entre nacionalidades diferentes TS3 272 1 Capítulo 68 -- Unidade em Jesus Cristo TS3 275 2 Capítulo 69 -- A atitude de Cristo para com a nacionalidade TS3 278 4 Capítulo 70 -- Um tempo de prova TS3 281 2 Capítulo 71 -- O trabalho no domingo TS3 286 1 Capítulo 72 -- Beneficência TS3 289 1 Capítulo 73 -- Espírito de independência TS3 292 2 Capítulo 74 -- Distribuição de responsabilidades TS3 297 3 Capítulo 75 -- Com humildade e fé TS3 302 1 Capítulo 76 -- Liderança bem equilibrada TS3 304 4 Capítulo 77 -- "Sou ainda menino pequeno" TS3 307 2 Capítulo 78 -- A recompensa do esforço diligente TS3 309 3 Capítulo 79 -- Ânimo no Senhor TS3 315 1 Capítulo 80 -- Palavras finais de confiança ------------------------Capítulo 1 -- Preparo para a crise final TS3 3 1 A grande crise está justamente perante nós. Para enfrentar suas provas e tentações, e cumprir suas injunções, será necessária fé perseverante. Podemos, porém, triunfar esplendidamente; nenhuma alma vigilante, que ore e creia será enlaçada pelo inimigo. TS3 3 2 No tempo de prova que está perante nós, a divina promessa de segurança cumprir-se-á nos que guardaram a palavra da Sua paciência. Cristo dirá aos que Lhe forem fiéis: "Vai pois, povo Meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira." Isaías 26:20. O Leão de Judá, tão terrível com os que Lhe rejeitam a graça, será o Cordeiro de Deus para os obedientes e fiéis. A coluna de nuvem, que representa ira e terror para o transgressor da lei de Deus, é luz e misericórdia e livramento para os que tenham guardado os Seus mandamentos. O braço enérgico para ferir os rebeldes, será forte para libertar os leais. Todos quantos forem fiéis serão ajuntados. "E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." Mateus 24:31. TS3 4 1 Irmãos, a quem as verdades da Palavra de Deus foram desvendadas, que parte desempenhareis nas cenas finais da história deste mundo? Estais despertos para essas solenes realidades? Reconheceis a grande obra de preparação que prossegue no Céu e na Terra? Que todos os que receberam a luz, que tiveram a oportunidade de ler e escutar a profecia, atentem para as coisas que nela estão escritas; "porque o tempo está próximo". Apocalipse 1:3. Ninguém condescenda com o pecado, fonte TS3 4 2 de toda miséria em nosso mundo. Não mais permaneçais em letargia e néscia indiferença. Não vos fique o destino da alma pendente da incerteza. Tende a certeza de estar inteiramente do lado do Senhor. Façam os corações sinceros e os lábios trementes a pergunta: "Quem poderá subsistir?" Apocalipse 6:17. Estais vós, nestas últimas preciosas horas de graça empregando a melhor espécie de material na formação do vosso caráter? Tendes purificado a alma de toda mancha? Seguistes a luz? Tendes obras que equivalem à vossa profissão de fé? TS3 4 3 Está atuando em vós a influência suavizante e subjugante da graça de Deus? Possuís coração que sente, olhos que vêem, ouvidos que ouvem? É vã a declaração feita da verdade eterna, concernente às nações da Terra? Elas estão sob condenação, preparando-se para os juízos divinos; e neste dia, repleto de resultados eternos, o povo escolhido para ser depositário de importante verdade deve estar ligado a Cristo. Estais fazendo a vossa luz brilhar para iluminar as nações que perecem em seus pecados? Reconheceis que deveis postar-vos em defesa dos mandamentos de Deus, perante os que os estão calcando a pés? TS3 4 4 É possível ser crente parcial, formal, e contudo ser achado em falta e perder a vida eterna. É possível praticar alguns dos preceitos bíblicos, e ser considerado cristão, e ainda, pela falta das qualificações essenciais ao caráter cristão, perecer. Se negligenciais ou tratais com indiferença as advertências que Deus deu, se acariciais ou desculpais o pecado, estais selando o destino de vossa alma. Sereis pesados na balança e achados em falta. Graça, paz e perdão serão para sempre retirados; Jesus terá passado para nunca mais voltar ao alcance das vossas orações e súplicas. Enquanto se prolonga a misericórdia, enquanto o Salvador está fazendo intercessão, façamos preparação cabal para a eternidade. TS3 5 1 A volta de Cristo ao nosso mundo não será muito demorada. Seja esta a nota predominante de cada mensagem. TS3 5 2 A bem-aventurada esperança do segundo aparecimento de Cristo, com suas solenes realidades, precisa ser repetidamente apresentada ao povo. A espera do breve aparecimento de nosso Senhor levar-nos-á a considerar as coisas da Terra como nulidades e inutilidades. TS3 5 3 A batalha do Armagedom logo deverá ferir-se. Aquele em cujas vestes está escrito o nome "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Apocalipse 19:16) deverá, dentro em breve, comandar os exércitos do Céu. Não poderá ser dito agora pelos servos do Senhor, como o foi pelo profeta Daniel: "Uma guerra prolongada." Daniel 10:1. Não falta senão pouco tempo para que as testemunhas de Deus tenham feito o seu trabalho de preparação do caminho para o Senhor. TS3 5 4 Devemos desfazer-nos dos nossos planos acanhados, egoístas, lembrando que temos um trabalho da maior magnitude e da mais elevada importância. Ao realizar esse trabalho, estamos fazendo soar a primeira, segunda e terceira mensagens angélicas, e assim, sendo preparados para a vinda do outro anjo celeste que com sua glória iluminará o mundo. TS3 5 5 A passos furtivos aproxima-se o dia do Senhor; mas os homens supostamente grandes e sábios não conhecem os sinais da vinda de Cristo e do fim do mundo. Prevalece a iniqüidade, e o amor de muitos esfriou. TS3 5 6 Milhares e milhares, milhões e milhões há que agora fazem a sua decisão para a vida ou morte eternas. O homem inteiramente absorto no seu escritório, o que se deleita na mesa do jogo, o que ama o apetite pervertido e com ele condescende, o amante de diversões, os freqüentadores de teatros e salões de baile, põem a eternidade fora das suas cogitações. Toda a preocupação da sua vida é: Que comeremos? Que beberemos? e com que nos vestiremos? Não compõem o grupo que se encaminha para o Céu. São guiados pelo grande apóstata, e com ele serão destruídos. TS3 6 1 A menos que compreendamos a importância dos momentos que rapidamente se escoam para a eternidade, e nos preparemos para enfrentar o grande dia de Deus, seremos mordomos infiéis. Deve o vigia saber que horas são da noite. Tudo está agora revestido de uma solenidade tal que a devem reconhecer todos quantos crêem a verdade para este tempo. Devem proceder em conformidade com o dia de Deus. Os juízos divinos estão para se abater sobre o mundo, e precisamos nos preparar para esse grande dia. TS3 6 2 Nosso tempo é precioso. Não temos senão poucos, pouquíssimos dias de graça em que preparar-nos para a vida futura, imortal. Não dispomos de tempo para desperdiçar com movimentos negligentes. Devemos ter o temor de ser superficiais no tocante à Palavra de Deus. TS3 6 3 Tanto é verdade agora como quando Cristo esteve na Terra, que cada incursão feita pelo evangelho do domínio do inimigo é enfrentada com tenaz oposição por seus vastos exércitos. O conflito que está para acometer-nos será o mais terrível já testemunhado. Mas conquanto Satanás seja representado como sendo tão forte quanto o mais forte homem armado, sua derrota será completa, e cada pessoa que com ele se une na escolha da apostasia, em vez da lealdade, com ele perecerá. TS3 6 4 O refreador Espírito de Deus está mesmo agora sendo retirado do mundo. Furacões, tormentas, tempestades, incêndios e inundações, desastres em terra e mar, seguem-se um ao outro em rápida seqüência. A ciência busca a explicação para tudo isso. Os sinais que em torno de nós se avolumam, prenunciando a próxima manifestação do Filho de Deus, são atribuídos a outra causa que não a verdadeira. Os homens não discernem as sentinelas angélicas que retêm os quatro ventos para que não soprem sem que os filhos de Deus estejam selados; mas quando Deus mandar que Seus anjos soltem os ventos, haverá uma cena tal de luta que pena nenhuma pode descrever. TS3 6 5 Para os que são indiferentes neste tempo, a advertência de Cristo é: "Porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca." Apocalipse 3:16. A figura de vomitar da Sua boca significa que Ele não pode oferecer a Deus as vossas orações ou expressões de amor. Não pode aprovar de forma alguma o vosso ensino de Sua Palavra ou o vosso trabalho espiritual. Não pode apresentar os vossos cultos religiosos com o pedido de que vos seja concedida graça. TS3 7 1 Caso a cortina pudesse ser erguida, pudésseis vós discernir os propósitos de Deus e os juízos que estão para abater-se sobre o mundo condenado, caso pudésseis ver a vossa própria atitude, temeríeis e tremeríeis por vossa própria alma e pela de vossos semelhantes. Fervorosas orações e angústia de coração quebrantado elevar-se-iam ao Céu. Choraríeis entre o pórtico e o altar, confessando a vossa cegueira e rebeldia espirituais. ------------------------Capítulo 2 -- Observância do Sábado TS3 7 2 Grandes bênçãos estão compreendidas na observância do sábado, e a vontade divina é que esse dia seja para nós de deleites. Grande júbilo presidiu à instituição do sábado. Contemplando com satisfação as coisas que criara, Deus declarou "muito bom" tudo quanto fizera. Gênesis 1:31. O Céu e a Terra vibravam então de alegria. "As estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam." Jó 38:7. Embora o pecado tivesse sobrevindo, e manchado a perfeita obra divina, o Senhor nos dá no sábado o testemunho de que um Ser onipotente, infinito em misericórdia e bondade, é o Criador de todas as coisas. É intuito do Pai celestial preservar entre os homens, mediante a observância do sábado, o conhecimento de Si mesmo. Seu desejo é que o sábado nos aponte a Ele como o único Deus verdadeiro, e pelo conhecimento dEle possamos ter vida e paz. TS3 7 3 Ao livrar o Senhor, do Egito, o Seu povo Israel, e confiar-lhes Sua lei, ensinou-lhes que, pela observância do sábado, deveriam distinguir-se dos idólatras. Este deveria ser o sinal da diferença entre os que reconheciam a soberania de Deus e os que recusavam aceitá-Lo como seu Criador e Rei. "Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre", disse o Senhor. "Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo." Êxodo 31:17, 16. TS3 7 4 Assim como o sábado foi o sinal que distinguiu Israel quando saiu do Egito para entrar em Canaã, é, também, o sinal que deve distinguir o povo de Deus que sai do mundo para entrar no repouso celestial. O sábado é um sinal de afinidade entre Deus e o Seu povo, sinal de que este honra Sua lei. É o distintivo entre os fiéis súditos de Deus e os transgressores. TS3 8 1 Do meio da coluna de nuvem, Cristo declarou, acerca do sábado: "Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." Êxodo 31:13. Dado ao mundo como o sinal do Criador, o sábado é também o sinal de Deus como nosso Santificador. O Poder que criou todas as coisas é o que torna a restaurar a alma à Sua própria semelhança. Para os que guardam o sábado, esse dia é o sinal da santificação. A verdadeira santificação consiste na harmonia com Deus, na imitação de Seu caráter. Essa harmonia e semelhança são alcançadas pela obediência aos princípios que são a transcrição de Seu caráter. E o sábado é o sinal da obediência. Aquele que de coração obedecer ao quarto mandamento, obedecerá toda a lei. Será santificado pela obediência. TS3 8 2 A nós, como a Israel, o sábado é dado "em concerto perpétuo". Êxodo 31:16. Para os que reverenciam o Seu santo dia, o sábado é um sinal de que Deus os reconhece como Seu povo eleito, o penhor de que cumprirá para com eles Seu concerto. Qualquer alma que aceitar esse sinal do governo de Deus, coloca-se a si mesma sob o concerto divino e perpétuo. Liga-se assim à áurea cadeia da obediência, cada elo da qual representa uma promessa. TS3 8 3 De todos os dez preceitos, só o quarto contém o selo do grande Legislador, Criador dos céus e da Terra. Os que obedecem aos Seus mandamentos tomam-Lhe o nome, e todas as bênçãos que esse nome implica lhes serão garantidas. "E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala a Arão, e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes: TS3 8 4 "O Senhor te abençoe e te guarde: O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti, E tenha misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o Seu rosto, e te dê a paz. TS3 8 5 Assim porão o MEU NOME sobre os filhos de Israel, E Eu os abençoarei." Números 6:22-27. TS3 9 1 Por intermédio de Moisés, foi feita a seguinte promessa: "O Senhor te confirmará para Si por povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor teu Deus, e andares nos Seus caminhos. E todos os povos da Terra verão que és chamado pelo NOME do Senhor. ... E o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda; e só estarás em cima, e não debaixo, quando obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e fazer." Deuteronômio 28:9-13. TS3 9 2 Falando da inspiração divina, diz o salmista: TS3 9 3 "Vinde, cantemos ao Senhor, Cantemos com júbilo à Rocha da nossa salvação. TS3 9 4 Apresentemo-nos ante a Sua face com louvores, E celebremo-Lo com salmos. TS3 9 5 Porque o Senhor é Deus grande, E Rei grande acima de todos os deuses. TS3 9 6 Nas Suas mãos estão as profundezas da Terra, E as alturas dos montes são Suas. TS3 9 7 Seu é o mar, pois Ele o fez, E as Suas mãos formaram a terra seca. TS3 9 8 Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. TS3 9 9 Porque Ele é nosso Deus, E nós povo do Seu pasto e ovelhas da Sua mão." Salmos 95:1-7; 100:3. TS3 9 10 Essas promessas, feitas a Israel, são-no também ao povo de Deus hoje em dia. São as mensagens que o sábado nos traz. Reforma na observância do Sábado TS3 10 1 O sábado é um elo de ouro que une a Deus o Seu povo. Mas o preceito do sábado tem sido violado. O dia santificado por Deus tem sido profanado. O sábado foi, pelo homem do pecado, deslocado de seu legítimo lugar, sendo exaltado em lugar dele um dia comum. Foi praticada na lei uma brecha que tem que ser reparada. O verdadeiro sábado tem que ser restituído à sua legítima condição de divino dia de repouso. No capítulo 58 de Isaías está esboçada a obra que o povo de Deus deve executar. Cumpre-lhe engrandecer a lei e torná-la gloriosa, edificar os lugares antigamente assolados, levantar os fundamentos de geração em geração. Aos que hão de realizar essa obra, diz Deus: "E chamar-te-ão reparador das roturas, restaurador de veredas para morar. Se desviares o teu pé do sábado, e de fazer a tua vontade no Meu santo dia, e se chamares ao sábado deleitoso, e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, nem pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falar as tuas próprias palavras, então te deleitarás no Senhor, e te farei cavalgar sobre as alturas da Terra, e te sustentarei com a herança de teu pai Jacó; porque a boca do Senhor o disse." Isaías 58:12-14. TS3 10 2 A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que o mundo inteiro há de ser envolvido. Os homens exaltaram os princípios do diabo acima dos que regem nos Céus. Aceitaram o sábado espúrio instituído por Satanás como o sinal de sua autoridade. Entretanto, Deus imprimiu o Seu selo ao Seu estatuto real. Cada instituição sabática traz o nome de Seu Autor, a marca indestrutível que revela Sua autoridade. Nossa missão é levar o povo a compreender isto. Devemos mostrar-lhe no que importa trazer o sinal do reino de Deus ou do reino da rebelião, porque cada qual se reconhece súdito do reino cujo distintivo aceita. Deus nos chamou para desfraldar o estandarte do Seu sábado, que está sendo calcado a pés. Que importância tem, pois, que o nosso exemplo de guardar o sábado seja correto! TS3 10 3 Ao estabelecerem novas igrejas devem os pastores dar instruções cabais quanto à maneira correta de observar o sábado. Devemos acautelar-nos de que os costumes frouxos que prevalecem entre os observadores do domingo não sejam adotados pelos que professam observar o dia de repouso de Deus. TS3 10 4 A fronteira de demarcação entre os que ostentam o sinal do reino de Deus e os que trazem o do reino da rebelião, deve ser traçada de modo claro e inequívoco. TS3 10 5 Há maior santidade no sábado do que lhe atribuem muitos que professam observá-lo. O Senhor tem sido grandemente desonrado por parte dos que não têm observado o sábado conforme o mandamento, quer na letra, quer no espírito. Ele sugere uma reforma da observância do sábado. Preparação para o Sábado TS3 11 1 O Senhor inicia o quarto mandamento com esta expressão: "Lembra-te." Previu Ele que, em meio de cuidados e perplexidades, o homem seria tentado a eximir-se à responsabilidade de satisfazer todos os reclamos da lei, ou esquecer-se de sua sagrada importância. Por isso, diz: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." Êxodo 20:8. TS3 11 2 Durante toda a semana nos cumpre ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observá-lo conforme o mandamento. Não devemos observá-lo simplesmente como objeto de lei. Devemos compreender suas relações espirituais com todos os negócios da vida. Todos os que considerarem o sábado um sinal entre eles e Deus, revelando que Ele é o Deus que os santifica, hão de representar condignamente os princípios de Seu governo. Praticarão dia a dia os estatutos de Seu reino, orando continuamente a Deus para que a santificação do sábado sobre eles repouse. Cada dia terão a companhia de Cristo, exemplificando-Lhe a perfeição de caráter. Dia a dia sua luz refulgirá para outros em boas obras. TS3 11 3 Em tudo quanto se relaciona com a obra de Deus, as primeiras vitórias devem ser alcançadas na vida doméstica. Aí é que deve começar a preparação para o sábado. Durante toda a semana compete aos pais lembrar que seu lar precisa ser uma escola em que os filhos sejam preparados para o Céu. Sejam justas as suas palavras. Expressão alguma que aos filhos não convém ouvir, deverá proceder de seus lábios. Seja o espírito mantido livre de toda irritação. Durante a semana devem os pais proceder como em presença de Deus, que lhes deu os filhos para serem educados para Ele. Educai no lar a pequena igreja de modo a, no sábado, estar preparada para render culto a Deus no Seu santuário. Todas as manhãs e tardes apresentai a Deus vossos filhos como Sua herança remida com sangue. Ensinai-lhes que seu principal dever e privilégio é amar e servir a Deus. TS3 11 4 Deverão os pais ter particular cuidado com tornar a adoração a Deus uma lição objetiva para os filhos. Seus lábios devem proferir mais freqüentemente passagens das Escrituras, principalmente as que dispõem o coração para a prática da religião. As seguintes palavras do salmista devem ser sempre repetidas: "Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dEle vem a minha esperança." Salmos 62:5. TS3 11 5 Quando o sábado é desta forma lembrado, as coisas temporais não influirão sobre o exercício espiritual de modo a prejudicá-lo. Nenhum serviço atinente aos seis dias de trabalho será deixado para o sábado. Durante a semana, teremos o cuidado de não gastar as energias com trabalho físico a ponto de, no dia em que o Senhor repousou e Se restaurou, estarmos fatigados demais para tomar parte no Seu culto. TS3 12 1 Embora a preparação para o sábado deva prosseguir durante toda a semana, a sexta-feira é o dia por excelência da preparação. Por intermédio de Moisés, disse o Senhor a Israel: "Amanhã é o repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobejar, ponde em guarda para vós até amanhã." Êxodo 16:23. "Espalhava-se o povo, e o [maná] colhia, e em moinhos o moía, ou num gral o pisava; e em panelas o cozia, e dele fazia bolos." Números 11:8. Tinham, pois, alguma coisa que fazer a fim de preparar o pão que lhes era enviado do Céu, e o Senhor lhes ordenou que o fizessem na sexta-feira, o dia da preparação. Ia nisto uma prova para Israel. Queria Deus prová-los se guardariam ou não o Seu santo sábado. TS3 12 2 Estas instruções vindas dos próprios lábios de Deus, são para o nosso ensino. A Bíblia é um guia perfeito, e se suas páginas forem estudadas com oração e com espírito disposto a compreender, ninguém necessita estar em erro a esse respeito. TS3 12 3 Muitos precisam ser instruídos quanto ao modo de se apresentarem nas reuniões para o culto do sábado. Não devem comparecer à presença divina com roupa usada no serviço durante a semana. Todos devem ter um traje especial para assistir aos cultos de sábado. Conquanto não seja lícito adaptar-nos às modas do mundo, nossa aparência exterior não nos deve ser indiferente. Devemos vestir-nos com asseio e elegância, posto que sem luxo e sem adornos. Os filhos de Deus devem estar limpos interior e exteriormente. TS3 12 4 Na sexta-feira deverá ficar terminada a preparação para o sábado. Tende o cuidado de pôr toda a roupa em ordem e deixar cozido o que houver para cozer. Escovai os sapatos e tomai vosso banho. É possível deixar tudo preparado, se se tomar isto como regra. O sábado não deve ser empregado em consertar roupa, cozer o alimento, nem em divertimentos ou quaisquer outras ocupações mundanas. Antes do pôr-do-sol, ponde de parte todo trabalho secular, e fazei desaparecer os jornais profanos. Explicai aos filhos esse vosso procedimento e induzi-os a ajudarem na preparação, a fim de observar o sábado segundo o mandamento. TS3 12 5 Devemos observar cuidadosamente os limites do sábado. Lembrai-vos de que cada minuto é tempo sagrado. Sempre que possível, os patrões deverão conceder aos empregados as horas que decorrem entre o meio-dia da sexta-feira e o começo do sábado. Dai-lhes tempo para a preparação, a fim de poderem saudar o dia do Senhor com sossego de espírito. Assim procedendo não sofrerão nenhum prejuízo, nem mesmo quanto às coisas temporais. TS3 12 6 Há ainda outro ponto a que devemos dar a nossa atenção no dia da preparação. Nesse dia todas as divergências existentes entre irmãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas. Afaste-se da alma toda amargura, ira ou ressentimento. TS3 13 1 Com espírito humilde "confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis". Tiago 5:16. TS3 13 2 Antes de começar o sábado, tanto a mente como o físico devem desembaraçar-se de todos os negócios seculares. Deus colocou o sábado ao final dos seis dias de trabalho, para que o homem aí se detenha e considere o que lucrou, durante a semana finda, em preparativos para aquele reino de pureza a que nenhum transgressor será admitido. Devemos cada sábado fazer um balanço para verificar se a semana finda nos trouxe lucro ou prejuízo espiritual. TS3 13 3 Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna. Diz Deus: "Aos que Me honram, honrarei." 1 Samuel 2:30. O Sábado na família TS3 13 4 Antes do pôr-do-sol, todos os membros da família devem reunir-se para estudar a Palavra de Deus, cantar e orar. A este respeito estamos necessitados de uma reforma, porque muitos há que se estão tornando remissos. Temos que confessar as faltas a Deus e uns aos outros. Devemos tomar disposições especiais para que cada membro da família possa estar preparado para honrar o dia que Deus abençoou e santificou. TS3 13 5 Não deveis perder as preciosas horas do sábado, levantando-vos tarde. No sábado a família deve levantar-se cedo. Despertando tarde, é fácil atrapalhar-se com a refeição matinal e a preparação para a Escola Sabatina. Disso resulta pressa, impaciência e precipitação, dando lugar a que a família se possua de sentimentos impróprios desse dia. Sendo profanado, o sábado torna-se um fardo, e sua aproximação será para ela antes motivo de desagrado do que de regozijo. TS3 13 6 Não devemos, no sábado, aumentar a quantidade de alimento ou preparar maior variedade do que noutros dias. Ao contrário, a refeição do sábado deve ser mais simples, convindo comer menos do que comumente, a fim de ter o espírito claro e em condições de compreender os temas espirituais. A alimentação em excesso entorpece a mente. As mais preciosas verdades podem ser ouvidas sem serem apreciadas, por estar a mente obscurecida por um regime alimentar impróprio. Por comer demais aos sábados, muitos têm contribuído mais do que imaginam para desonrar a Deus. TS3 13 7 Embora deva a gente abster-se de cozinhar aos sábados, não é necessário ingerir a comida fria. Em dias frios, convém aquecer o alimento preparado no dia anterior. As refeições, posto que simples, devem ser apetitosas e atraentes. Trate-se de arranjar qualquer prato especial, que a família não costuma comer todos os dias. TS3 14 1 No culto familiar, tomem parte também as crianças, cada qual com sua Bíblia, lendo dela um ou dois versículos. Cante-se então um hino preferido, seguido de oração. Desta, Cristo nos deixou um modelo. A oração do Senhor não foi destinada para ser simplesmente repetida como uma fórmula, mas é uma ilustração de como devem ser as nossas orações -- simples, fervorosas e abarcantes. Em singela petição, contai ao Senhor as vossas necessidades e exprimi gratidão por Suas bênçãos. Deste modo saudareis a Jesus como hóspede bem-vindo em vosso lar e coração. Em família convém evitar orações longas e sobre assuntos remotos. Essas orações enfadam, em vez de constituírem um privilégio e uma bênção. Fazei da hora da oração um momento deleitável e interessante. TS3 14 2 A Escola Sabatina e o culto de pregação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser passado em casa e ser o mais precioso e sagrado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo deverão os pais passar com os filhos. Em muitas famílias, os filhos menores são abandonados a si próprios, a fim de se entreterem como melhor puderem. Abandonadas a si mesmas, as crianças em breve ficam inquietas e começam a brincar ou ocupar-se de coisas ilícitas. Deste modo o sábado perde para elas sua importância sagrada. TS3 14 3 Quando faz bom tempo, deverão os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. TS3 14 4 Cada flor, arbusto e árvore correspondiam ao propósito divino. Tudo sobre que o homem pousava o olhar, o deleitava, sugerindo-lhe pensamentos do amor divino. Todos os sons eram harmônicos, e em consonância com a voz de Deus. Mostrai-lhes que foi o pecado que manchou essa obra perfeita; que os espinhos, cardos, aflição, dor e morte são o resultado da desobediência a Deus. Fazei-lhes notar, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda revela a bondade divina. As campinas verdejantes, as árvores altaneiras, o alegre Sol, as nuvens, o orvalho, o silêncio solene da noite, a magnificência do céu estrelado, a beleza da Lua, dão testemunho do Criador. Não cai do Céu uma só gota de chuva, raio de luz nenhum incide sobre este mundo ingrato, sem testificar da longanimidade e do amor de Deus. TS3 14 5 Falai-lhes do plano da salvação; que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Repeti-lhes a doce história de Belém. Apresentai-lhes como Jesus foi filho obediente aos pais, como foi jovem fiel e diligente, ajudando a prover o sustento da família. Desse modo lhes podeis dar a entender também que o Salvador conhece as provações, dificuldades e tentações, esperanças e alegrias da mocidade, estando por isso em condição de lhes dar simpatia e apoio. De quando em quando, lede-lhes as interessantes histórias contidas na Bíblia. Perguntai-lhes acerca do que aprenderam na Escola Sabatina, e estudai com eles a lição do sábado seguinte. TS3 15 1 Ao pôr-do-sol, elevai a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana. TS3 15 2 Desse modo, os pais poderão fazer do sábado o que em realidade deve ser, isto é, o mais alegre dos dias da semana, induzindo assim os filhos a considerá-lo um dia deleitoso, o dia por excelência, santo ao Senhor e digno de honra. TS3 15 3 Exorto-vos, caros irmãos e irmãs: Lembrai-vos "do dia do sábado, para o santificar". Êxodo 20:8. Se desejais ver vossos filhos observarem o sábado conforme o mandamento, deveis ensinar-lhes isto, tanto por preceito como pelo exemplo. A verdade, profundamente impressa no coração, jamais haverá de ser totalmente obliterada. Poderá ser obscurecida, mas nunca destruída. As impressões feitas na tenra infância, hão de manifestar-se também nos anos futuros. As circunstâncias podem separar dos pais os filhos, e afastá-los do convívio da família, mas por toda a vida as instruções recebidas na infância e mocidade lhes hão de ser uma bênção. Viajar aos Sábados TS3 15 4 Se desejamos a bênção prometida aos obedientes, devemos observar mais estritamente o sábado. Temo que muitas vezes empreendamos nesse dia viagens que bem poderiam ser evitadas. De conformidade com a luz que o Senhor nos tem concedido em relação com a observância do sábado, devemos ser mais escrupulosos quanto a viagens nesse dia, por terra ou mar. A esse respeito devemos dar às crianças e jovens bom exemplo. Para ir à igreja, que requer a nossa cooperação ou à qual devemos transmitir a mensagem que Deus lhe destina, pode tornar-se necessário viajar no sábado; mas sempre que possível devemos, no dia anterior, comprar a passagem e tomar todas as disposições necessárias. Quando empreendermos viagem, devemos esforçar-nos o mais possível por evitar que o dia da chegada ao destino coincida com o sábado. TS3 15 5 Quando obrigados a viajar no sábado, cumpre evitarmos a companhia dos que procuram atrair-nos a atenção para as coisas seculares. Devemos ter a mente concentrada em Deus e com Ele entreter comunhão. Sempre que se nos ofereça a oportunidade, falemos com outros acerca da verdade. Cumpre-nos em todo tempo estar dispostos a aliviar sofrimentos e ajudar os que sofrem necessidades. Nesses casos Deus requer de nós que façamos uso legítimo do conhecimento e sabedoria que nos deu. Não devemos, entretanto, falar acerca de negócios nem iniciar qualquer conversação mundana. Em todo tempo e em qualquer lugar Deus quer que Lhe testemunhemos nossa fidelidade, honrando Seu sábado. Reuniões de Sábado TS3 16 1 Cristo disse: "Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles." Mateus 18:20. Sempre que houver dois ou três crentes na mesma localidade, deverão eles reunir-se no sábado para reclamar as promessas do Senhor. TS3 16 2 O pequeno grupo reunido para adorar a Deus no Seu santo dia, tem direito a reclamar as bênçãos de Jeová e pode estar certo de que o Senhor Jesus será honroso visitante em suas reuniões. Todo verdadeiro adorador de Deus, que santifica o sábado do Senhor, deverá reclamar para si a promessa: "Para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." Êxodo 31:13. TS3 16 3 A pregação nas reuniões de sábado em geral deve ser breve, dando-se oportunidade aos que amam a Deus, para exprimir gratidão e tributar-Lhe culto individual. TS3 16 4 Se a igreja estiver sem pastor, alguém deve ser designado para dirigir a reunião. Mas não é necessário que essa pessoa faça longo sermão e tome a maior parte do tempo destinado ao culto. Um resumido estudo bíblico, que seja interessante, será às vezes de maior proveito do que um sermão. O estudo bíblico poderá ser rematado com uma reunião de orações ou testemunhos. TS3 16 5 Os que ocupam na igreja cargos de liderança não devem esgotar durante a semana a força física e mental, de modo a lhes não ser possível, no sábado, levar para a igreja a influência vivificante do evangelho de Cristo. Limitai o trabalho físico de cada dia, mas não defraudeis a Deus, rendendo-Lhe, no sábado, um culto que não pode aceitar. Não devíeis ser como homens destituídos de vida espiritual. Os crentes necessitam do vosso auxílio no sábado. Dai-lhes o alimento da Palavra de Deus. Oferecei a Deus, nesse dia, vossas melhores oferendas. Ofertai-Lhe, no Seu santo dia, a vida preciosa da alma em serviço consagrado. TS3 16 6 Ninguém vá à igreja para dormir. O sono é coisa que não deve manifestar-se na casa de Deus. Não é vosso costume entregar-vos ao sono quando empenhados nalgum serviço temporal, porque vo-lo impede o interesse que nele tomais. Seria lícito, pois, colocar em nível inferior aos negócios seculares o culto que implica com vossos interesses eternos? TS3 17 1 Quando assim procedemos, privamo-nos da bênção que o Senhor nos destina. O sábado não deve ser passado em ociosidade, mas tanto em casa como na igreja, cumpre-nos manifestar espírito de adoração. Aquele que nos deu seis dias para nossas ocupações materiais, abençoou e santificou o sétimo dia e o separou para si. Nesse dia, Deus Se propõe abençoar de maneira especial todos os que se consagram a Seu culto. TS3 17 2 Todo o Céu celebra o sábado, mas não de maneira ociosa e negligente. Nesse dia todas as energias da alma devem estar despertas; pois não temos que encontrar-nos com Deus e com Cristo, nosso Salvador? Podemos contemplá-Lo pela fé. Ele está desejoso de refrigerar e abençoar cada alma. TS3 17 3 Cada qual deve sentir que tem uma parte para desempenhar, a fim de tornar interessantes as reuniões de sábado. Não deveis reunir-vos simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar idéias, relatar vossa experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir vosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. As mútuas palestras acerca de Cristo fortalecerão a alma para os combates e provações da vida. Não imagineis que podereis ser cristãos e viver concentrados em vós mesmos. Todos representamos uma parte da grande trama da humanidade, e a experiência de cada um será até certo ponto determinada pela de seus companheiros. TS3 17 4 Não conseguimos a centésima parte das bênçãos que devemos obter das nossas reuniões de culto a Deus. Nossas faculdades perceptivas precisam ser aguçadas. A comunhão mútua deve encher-nos de regozijo. Com a esperança que temos, por que não há de nosso coração entusiasmar-se com o amor de Deus? TS3 17 5 A cada reunião religiosa devemos levar a viva consciência espiritual de que Deus e os anjos ali estão presentes, a fim de cooperar com todos os verdadeiros crentes. Ao transpor as portas da casa de Deus, pedi ao Senhor que vos afaste do coração tudo que é mau. Introduzi em Sua casa somente o que Ele possa abençoar. Ajoelhai-vos diante de Deus, em Seu templo, e consagrai-Lhe aquilo que Lhe pertence e que Ele adquiriu com o sangue de Cristo. Orai a favor da pessoa que dirigirá a reunião. Orai para que grande bênção advenha à congregação, por meio daquele que deve ministrar a palavra da vida. Esforçai-vos fervorosamente para alcançar vós mesmos uma bênção. TS3 17 6 Deus abençoará todos quantos dessa maneira se prepararem para o Seu culto, e eles compreenderão o que significa ter o penhor do Espírito, porque pela fé aceitaram a Cristo. TS3 17 7 A casa de culto poderá ser muito humilde, mas não será por isso menos reconhecida de Deus. Para os que adoram a Deus em espírito, em verdade e na beleza da santidade, será como a porta do Céu. O número de crentes talvez seja relativamente pequeno, mas será muito precioso aos olhos de Deus. Com a marreta da verdade, foram cortados da pedreira do mundo, e levados para a oficina de Deus, para aí serem cinzelados e polidos. Mas embora em estado tosco, Ele os considera preciosos. O machado, o martelo e o cinzel da provação são manejados por um Ser perito e usados, não para destruir, mas para conseguir a perfeição de cada alma. Como pedras preciosas, polidas a fim de servirem num palácio, Deus pretende colocar-nos em Seu templo celestial. TS3 18 1 As determinações e concessões de Deus em nosso favor são ilimitadas. O trono da graça exerce os maiores atrativos, pois está ocupado por Aquele que consente em ser por nós chamado Pai. Mas Deus não considerou completo o princípio da salvação, enquanto era representado somente pelo Seu amor. Por isso determinou colocar junto ao Seu altar um Mediador que personificasse nossa natureza. Como nosso Intercessor, Seu ministério consiste em apresentar-nos perante Deus como filhos e filhas. Cristo intercede em favor dos que O recebem e, por virtude de Seus próprios méritos, lhes concede constituírem-se membros da família real, filhos do celeste Rei. TS3 18 2 Por seu turno, o Pai demonstra para com Cristo, que pagou com sangue o preço de nosso libertamento, o Seu infinito amor, aceitando como Seus os amigos dele. Está satisfeito com a expiação que Cristo efetuou, e é glorificado na vida, morte e mediação de Seu Filho. TS3 18 3 Em se chegando ao trono da graça, o filho de Deus se constitui cliente do grande Advogado. À primeira manifestação de arrependimento e do desejo de perdão, Cristo defende a causa deste e fá-la Sua, intercedendo por ele perante o Pai como se o fizera por Si próprio. TS3 18 4 Enquanto Cristo intercede por nós, o Pai nos oferece os tesouros de Sua graça para que os possuamos, regozijando-nos neles e repartindo-os com outros. "Naquele dia pedireis em Meu nome", disse Jesus, "e não vos digo que Eu rogarei por vós ao Pai; pois o mesmo Pai vos ama; visto como vós Me amastes." Devemos pedir em nome de Cristo. Isto tornará eficaz nossa oração, e o Pai nos distribuirá as riquezas da Sua misericórdia; por isso "pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra". João 16:26, 27, 24. TS3 18 5 Deus quer que Seus obedientes filhos reclamem Suas bênçãos e cheguem à Sua presença com louvor e ação de graças. Deus é a fonte de vida e poder. Para os que guardam Seus mandamentos, pode transformar o deserto em campos férteis, porque isto contribui para a glória de Seu nome. Tanto fez a favor de Seu povo escolhido, que cada coração deve possuir-se de gratidão; e Sua alma Se entristece quando Lhe oferecemos um louvor mesquinho. Deseja ver da parte de Seu povo uma manifestação mais forte de que reconhece que tem motivos para regozijar-se e estar alegre. Lembrar a guia divina TS3 19 1 O procedimento de Deus com Seu povo deve ser recordado freqüentemente. Como são freqüentes as provas de Sua providência em relação ao Israel antigo! Para que este não esquecesse a história do passado, Deus ordenou a Moisés que pusesse esses acontecimentos num hino, para que os pais pudessem ensiná-lo aos filhos. Deveriam coligir memórias e conservá-las bem visíveis, para que, quando os filhos perguntassem a respeito, toda a história pudesse ser-lhes repetida. Deste modo, o procedimento providencial de Deus para com Seu povo, Sua bondade, misericórdia e cuidado, deveriam ser conservados na lembrança. Somos exortados a lembrar-nos "dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições". Hebreus 10:32. Como um Deus que opera milagres, o Senhor tem atuado em favor de Seu povo nesta geração. A história passada desta causa deve ser muitas vezes repetida ao povo, tanto aos velhos como aos moços. Necessitamos rememorar freqüentemente a bondade do Senhor e louvá-Lo pelas Suas maravilhas. TS3 19 2 Ao passo que somos exortados a não deixar as nossas reuniões, estas não se destinam somente ao nosso próprio refrigério. Devemos inspirar-nos num zelo mais ardente para comunicar a outros as bênçãos que recebemos. É nosso dever ter zelo da glória de Deus, evitando dar qualquer mau testemunho, quer pela expressão triste de nosso rosto quer por palavras de desconsideração, como se os reclamos divinos constituíssem restrição à nossa liberdade. Mesmo em meio a aflições, desapontamentos e pecados deste mundo, o Senhor quer que estejamos jubilosos e fortes no Seu poder. Toda a nossa individualidade é chamada a dar bom testemunho a respeito de tudo. Pela fisionomia, temperamento, palavras e caráter, devemos testificar que é bom servir a Deus. Deste modo proclamaremos que "a lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma". Salmos 19:7. TS3 19 3 O lado brilhante e deleitável de nossa religião terá sua justa expressão da parte de todos os que diariamente se consagrarem a Deus. Não devemos desonrá-Lo com a narração queixosa de provações que se nos afiguram penosas. As provações que forem encaradas como instrumentos educativos nos darão alegria. A vida religiosa eleva e enobrece, espalhando em torno o suave perfume das boas palavras e atos. O inimigo alegra-se ao ver as almas opressas, abatidas, queixosas e tristes; seu desejo é ver que essas impressões se produzam como que resultantes de nossa fé. Não é a vontade de Deus, porém, que nosso espírito assuma essa atitude. Ele quer que cada alma triunfe pelo poder mantenedor do Redentor. Diz o salmista: "Dai ao Senhor, ó filhos dos poderosos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao Seu nome, adorai o Senhor na beleza da Sua santidade." Salmos 29:1, 2. "Exaltar-Te-ei, ó Senhor, porque Tu me exaltaste; e não fizeste com que meus inimigos se alegrassem sobre mim. Senhor, meu Deus, clamei a Ti, e Tu me saraste. ... Cantai ao Senhor, vós que sois Seus santos, e celebrai a memória da Sua santidade." Salmos 30:1-4. Unidos à igreja do céu TS3 20 1 A igreja de Deus na Terra é solidária com a do Céu. Os crentes na Terra e os seres celestiais que não pecaram, constituem uma só igreja. Cada ser celestial toma interesse nos santos que na Terra se reúnem para adorar a Deus. Os testemunhos dos crentes são por eles ouvidos na corte celestial, e o louvor e ações de graças dos adoradores na Terra repetidos em seus cânticos divinos, repercutem no Céu seu louvor e alegria porque Cristo não morreu em vão pelos caídos filhos de Adão. E, ao passo que os anjos participam diretamente do manancial divino, os santos da Terra bebem das correntes de águas puras que fluem do trono, das correntes de águas que alegram a cidade de Deus. TS3 20 2 Oxalá todos pudessem compreender a proximidade em que da Terra está o Céu! Sem que disso se apercebam os filhos de Deus na Terra, anjos de luz se constituem os seus companheiros. Uma testemunha silenciosa atenta para cada alma vivente, procurando atraí-La para Cristo. E a menos que o homem, para sua ruína eterna, resista ao Espírito Santo, enquanto houver esperança, será guardado por seres celestiais. Devemos ter sempre presente que, em cada assembléia de crentes na Terra, anjos de Deus lhes estão escutando os testemunhos, hinos e orações. Devemos lembrar que nossos louvores são completados pelos coros de anjos celestiais. TS3 20 3 Portanto, ao reunir-vos sábado após sábado, cantai louvores Àquele que vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz. Ao que nos amou e em Seu precioso sangue nos lavou dos pecados, dedicai a adoração de vossa alma. Seja o amor de Cristo a preocupação dos que pregam a Palavra! Seja ele expresso em linguagem simples em cada hino de louvor! Sejam vossas orações ditadas pelo Espírito de Deus! Ao ser pregada a palavra da vida, testemunhai de coração que a aceitais como uma mensagem vinda de Deus. Isto é costume velho, bem sei; mas será uma oferta de ação de graças pelo pão da vida proporcionado à alma faminta. Essa resposta à inspiração do Espírito Santo será uma força para a vossa própria alma e animação para outros. Será de algum modo a evidência de que existem na casa de Deus pedras vivas que emitem luz. TS3 20 4 Passando em revista, não os capítulos escuros de nossa existência e sim as provas da grande misericórdia e amor indizível de Deus, havemos de achar mais motivo para expandir-nos em louvores do que em queixas. Havemos de discorrer sobre a terna fidelidade de Deus como o Pastor legítimo, benigno e compassivo de Seu rebanho, acerca do qual Ele mesmo disse que ninguém poderia arrebatar de Suas mãos. A linguagem da alma não se manifestará, então, em murmurações egoístas e descontentamentos, mas em expressões de louvor que brotarão dos lábios dos verdadeiros crentes de Deus como correntes de águas cristalinas. "A bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias." Salmos 23:6. "Guiar-me-ás com o Teu conselho, e depois me receberás em glória. A quem tenho eu no Céu senão a Ti? e na Terra não há quem eu deseje além de Ti." Salmos 73:24, 25. TS3 21 1 Por que não fazer ressoar nossa voz em cânticos espirituais enquanto prosseguimos em nossa peregrinação? Por que não tornarmos à simplicidade de fé e vida? O motivo de nos não regozijarmos mais, está em que deixamos o primeiro amor. Sejamos, pois, zelosos e arrependamo-nos para que não venha a ser tirado do seu lugar o nosso castiçal. TS3 21 2 O templo de Deus no Céu está aberto e seus umbrais inundados da glória que se derrama sobre toda a igreja que ama a Deus e guarda Seus mandamentos. Devemos estudar, meditar e orar. Então nossos olhos atingirão até o interior do templo celestial e compreenderemos os motivos dos cânticos de louvor do coro divino que cerca o trono de Deus. Quando Sião se levantar e se fizer luz, essa luz há de ser deslumbrante em alto grau, e preciosos cânticos de louvor e ação de graças hão de ser ouvidos nas assembléias dos santos. As murmurações e queixas a propósito de mesquinharias hão de cessar. Quando fizermos aplicação do precioso colírio a nós oferecido, haveremos de divisar a glória do além. A fé romperá através das sombras de Satanás, e contemplaremos nosso Advogado, oferecendo em nosso auxílio o incenso de Seus próprios méritos. Quando virmos as coisas como são, como o Senhor deseja que as vejamos, seremos cheios do conhecimento da imensidade e variedade do amor divino. TS3 21 3 Deus ensina que devemos congregar-nos em Sua casa, a fim de cultivar as qualidades do amor perfeito. Com isto os habitantes da Terra serão habilitados para as moradas celestiais que Cristo foi preparar para os que O amam. Lá no santuário de Deus, reunir-se-ão, então, sábado após sábado e mês a mês para participarem dos mais sublimes cânticos de louvor e ação de graças, entoados em honra dAquele que está assentado no trono, e ao Cordeiro, eternamente. ------------------------Capítulo 3 -- Dar a Deus o que lhe pertence TS3 22 1 O Senhor deu a Seu povo uma mensagem para o tempo presente. Encontramo-la no terceiro capítulo de Malaquias. Não poderia o Senhor haver expresso as Suas ordens de modo mais claro e impressivo do que o fez nesse capítulo. TS3 22 2 Devemos ponderar que as reivindicações de Deus a nosso respeito sobrepujam todas as demais. Ele nos dá com abundância, e o ajuste que fez com o homem é que a décima parte de todas as propriedades Lhe seja restituída. O Senhor confia liberalmente Seu tesouro a Seus mordomos, mas quanto ao dízimo, diz: "Este Me pertence." Na mesma proporção em que Deus dá ao homem Seus bens, este deve restituir a Deus fielmente a décima parte de todos os seus proventos. Esta instituição foi estabelecida pelo próprio Cristo. TS3 22 3 O serviço de contribuição é de resultados solenes e eternos, e muito sagrado para ser deixado no arbítrio do homem. Não devemos sentir-nos em liberdade para proceder nesta questão como nos apraz. Em obediência às ordens de Deus devemos pôr de parte reservas regulares, santificadas para a obra do Senhor. Primícias TS3 22 4 Afora o dízimo, o Senhor requer de nós as primícias de todas as nossas rendas, e isto para que a Sua obra na Terra possa ser amplamente custeada. Os servos do Senhor não devem estar limitados a suprimentos escassos. Aos Seus mensageiros não devem ser atadas as mãos, em seu trabalho de levar as palavras da vida. Ao proclamarem a verdade, devem ter ao seu dispor meios suficientes para promover a obra a tempo, de sorte a poder ela exercer o maior e mais abençoado efeito. Importa fazer obras de caridade e auxiliar os pobres e sofredores. Para esse fim devem empregar-se donativos e ofertas. Tal obra cumpre ser feita especialmente em campos novos, onde não foi desfraldado ainda o estandarte da verdade. TS3 22 5 Se todo o povo professo de Deus, velhos e moços, cumprissem o seu dever, não haveria míngua na casa do Seu tesouro. Se todos devolvessem fielmente seus dízimos e devotassem ao Senhor as primícias de seus proventos, não escasseariam os fundos para a Sua obra. Mas a lei de Deus deixou de ser respeitada ou obedecida, e daí a premente necessidade que a caracteriza. Lembrar-se dos pobres TS3 23 1 Toda extravagância deve ser eliminada de nossos costumes, porque breve é o tempo que nos resta para trabalhar. Por toda parte, em nosso redor, vemos miséria e sofrimento: famílias com falta do necessário, crianças a pedirem pão. A casa do pobre ressente-se, muitas vezes, da falta de móveis indispensáveis, e de colchões e roupa de cama. Muitos vivem em simples choças, destituídas de todo conforto. O clamor dos pobres chega até aos Céus. Deus vê e ouve. Mas muitos se glorificam a si mesmos. Enquanto seus semelhantes curtem misérias, passando fome, eles gastam grandes somas com mesa farta, comendo muito mais do que é necessário. Que contas prestarão a Deus do emprego tão egoísta de Seu dinheiro? O que desprezar as provisões que Deus fez no tocante aos pobres, há de finalmente ver que não só roubou ao próximo, como a Deus, dilapidando Sua propriedade. Todas as coisas pertencem a Deus TS3 23 2 Todas as coisas que o homem desfruta lhe advêm da graça de Deus. Ele é o grande e bondoso Despenseiro de todos os benefícios. Seu amor se revela nas abundantes providências que tomou para o homem. Ele nos concede um tempo de graça em que nos cumpre formar o caráter para a eternidade. Não exige que Lhe reservemos uma parte de nossos bens porque dela tenha necessidade. TS3 23 3 Criou toda árvore que havia no jardim do Éden, agradável à vista e boa para comer, e ordenou a Adão e Eva que delas desfrutassem à vontade. Fez, porém, uma exceção. Da árvore da ciência do bem e do mal, não lhes permitiu comer. Essa árvore reservou-a como lembrança constante de que Ele é o legítimo proprietário de todas as coisas. Desse modo lhes deu a oportunidade de Lhe manifestarem sua fé e confiança em obediência perfeita às Suas ordens. TS3 23 4 Dá-se o mesmo com as reivindicações de Deus a nosso respeito. Ele deposita Seus tesouros nas mãos dos homens, porém requer deles que separem fielmente a décima parte para a Sua obra. Ordena que essa porção seja recolhida à casa do Seu tesouro, e a Ele entregue como propriedade Sua. Ela é sagrada e deve ser usada para fins santos, para o sustento dos que levam a Sua mensagem ao mundo. Deus Se reserva essa parte para que não faltem recursos em Sua casa, e a luz da verdade possa ser levada a todos os que estão distantes e os que estão perto. Pela obediência escrupulosa dessa ordem, reconhecemos que todas as coisas pertencem ao Senhor. TS3 23 5 E porventura não terá o Senhor o direito de requerer isto de nós? Não deu Ele Seu Filho unigênito, porque nos amou e nos quis salvar da morte? E não deverão as nossas ofertas de gratidão volver aos Seus tesouros para que daí sejam tomados os meios para promover a Sua obra na Terra? Se Deus é o legítimo dono de tudo quanto possuímos, não deveria a nossa gratidão dispor-nos a tributar-Lhe ofertas voluntárias e de agradecimento, reconhecendo nós assim Seu direito sobre nossa alma, corpo, espírito e posses? Se os homens houvessem seguido os planos de Deus, a casa do Seu tesouro não acusaria falta alguma, e haveria fundos suficientes para enviar pastores a campos novos, para a esses obreiros associar outros auxiliares a fim de desfraldarem o estandarte nos lugares obscurecidos da Terra. Sem desculpa TS3 24 1 É plano estabelecido por Deus que o homem deva restituir ao Senhor o que Lhe pertence; e tão claramente foi ele exposto, que homens e mulheres não têm escusa alguma de não entender os deveres e responsabilidades que Deus lhes impôs, ou a eles se esquivar. Os que pretendem não ver claramente esse seu dever, revelam ao Universo, à igreja e ao mundo, que não desejam reconhecer essa ordem tão explícita. Pensam, talvez, que, seguindo o plano de Deus, sofrerão míngua de seus próprios recursos. Na avareza de almas egoístas desejam reter tudo -- o capital e juros -- a fim de empregá-lo no interesse próprio. TS3 24 2 Deus, pondo a mão sobre as propriedades dos homens, lhes diz: "Sou Senhor de todo o Universo, e esses bens são Meus. O dízimo que retivestes, Eu o reservei para sustento de Meus servos no seu trabalho de abrir as Escrituras aos que habitam nas regiões das trevas e aos que não entendem a Minha lei. Empregando o Meu fundo de reserva para satisfazer vossos próprios desejos, roubastes às almas a luz que Eu lhes destinei. Dei-vos uma oportunidade, mas vós a rejeitastes. Tendes-Me roubado a Mim, subtraindo as Minhas reservas. Por isto, 'com maldição sois amaldiçoados'." Outra oportunidade TS3 24 3 O Senhor é bondoso e longânimo, proporcionando nova oportunidade aos que cometeram esse pecado. "Tornai-vos para Mim", diz Ele, "e Eu tornarei para vós." Dizem, porém, eles: "Em que havemos de tornar?" Malaquias 3:7. Seus meios foram usados pelo homem para fins egoístas, de glorificação própria, como se esses bens lhes pertencessem de fato e não fossem apenas emprestados. Sua consciência se tornou tão insensível que não podem reconhecer a grande impiedade como um obstáculo no caminho para o avanço da verdade. TS3 24 4 Homens, míseros mortais, depois de haverem despendido no interesse próprio os meios que Deus reservara para a obra da salvação, a fim de enviar às almas que perecem a mensagem da graça de um amante Salvador, e por seu egoísmo haverem impedido que essa obra se fizesse como devera ser feita, ainda perguntam: "Em que Te roubamos?" Deus responde: "Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque Me roubais a Mim, vós, toda a nação." Todo o mundo está empenhado em roubar a Deus. Os bens que por empréstimo lhes foram concedidos, os homens dissipam em divertimentos, prazeres, festanças e na satisfação dos apetites carnais. Mas Deus diz: "Chegar-Me-ei a vós para juízo." Malaquias 3:8, 9, 5. O mundo inteiro terá contas que ajustar naquele dia em que cada qual haverá de receber conforme as suas obras. A bênção TS3 25 1 Deus Se compromete a abençoar os que obedecem aos Seus mandamentos. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o Senhor dos exércitos." Malaquias 3:10, 11. TS3 25 2 À vista de expressões tão claras e cheias de verdade, como ousará o homem negligenciar um dever tão positivo? Como se atreverá a desobedecer, se a obediência a essa ordem implica a bênção de Deus tanto nas coisas temporais como nas espirituais, e se a desobediência equivale à maldição divina? Satanás é o assolador. Deus não pode abençoar quem se recusa a ser mordomo fiel. Tudo que pode fazer é permitir a Satanás que realize sua obra destruidora. Vemos calamidades de toda espécie e proporções assolarem a Terra, e por quê? porque o restringente poder de Deus não é exercido. O mundo tem desprezado a Palavra de Deus. Os homens vivem como se não houvesse Deus. Como os habitantes do mundo antediluviano, recusam aceitar qualquer idéia de Deus. A impiedade cresce em proporção assustadora, e a Terra está amadurecendo para a ceifa. Os queixosos TS3 25 3 "As vossas palavras foram agressivas para Mim, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Que temos falado contra Ti? Vós dizeis: Inútil é servir a Deus. Que nos aproveitou termos cuidado em guardar os Seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos exércitos? Ora pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade se edificam; sim, eles tentam ao Senhor, e escapam." Malaquias 3:13-15. Assim murmuram contra Deus os que retiveram o que Lhe pertence. O Senhor os convida a prová-Lo nisto: trazendo à casa do tesouro todos os dízimos, para verem se lhes não derramará uma bênção. Alimentando sentimentos de rebeldia, porém, queixam-se de Deus, ao mesmo tempo que O roubam e dilapidam o que é Seu. Ao ser-lhes apresentado o seu pecado, dizem: Tive contratempos; minha colheita foi mesquinha, ao passo que os ímpios prosperam. Não vale a pena obedecer às determinações de Deus. TS3 26 1 Deus, porém, não quer que alguém se conduza queixosamente em Sua presença. Os que assim se queixam são os próprios causadores de sua adversidade. Roubam a Deus, e Sua causa tem lutado com dificuldades porque o dinheiro que deveria entrar para os tesouros do Senhor foi empregado em finalidades egoístas. Recusando-se a executar o plano por Deus determinado, demonstraram sua deslealdade para com Ele. Quando Deus os prosperava e eram convidados a dar-Lhe o que Lhe é devido, meneavam a cabeça e não podiam reconhecer esse dever. Fechavam os olhos da inteligência para não ver. Retendo o dinheiro do Senhor, retardaram a obra que Ele determinou fosse feita. Deus deixou assim de ser honrado com o emprego conveniente que lhes cumpria dar aos bens a eles confiados. Por isso a maldição caiu sobre eles, permitindo Deus que o devorador destruísse os seus frutos e lhes sobreviesse calamidade. "Aqueles que temem ao Senhor" TS3 26 2 Em Malaquias 3:16 é mencionada outra classe que se reúne, não para queixar-se de Deus, mas para falar de Sua misericórdia e exaltar-Lhe a glória. Estes se demonstraram fiéis no cumprimento dos seus deveres, dando ao Senhor o que Lhe pertence. Seus testemunhos são motivos de cânticos e alegria entre os anjos celestiais. Eles não têm agravo algum contra Deus. Aqueles que andam na luz, que são fiéis no cumprimento de seu dever, não são ouvidos a fazer queixas nem acusar faltas. Sua conversação consiste em palavras de animação, esperança e fé. Só têm motivos de queixa os que servem a si próprios e não dão a Deus o que Lhe pertence. TS3 26 3 "Então aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor, e para os que se lembram do Seu nome. E eles serão Meus, diz o Senhor dos exércitos, naquele dia que farei serão para Mim particular tesouro; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que O não serve." Malaquias 3:16-18. TS3 27 1 A recompensa da sincera liberalidade é a mais íntima comunhão do espírito e do coração com o Espírito Santo. O homem que fracassou nos negócios e está endividado, não deve servir-se da parte que pertence ao Senhor, a fim de liquidar seus compromissos. Deve considerar que nisso é provado e que, retendo a parte do Senhor para fins próprios, está roubando a Deus. É devedor a Deus de tudo quanto tem, mas se emprega para saldar dívidas contraídas com seus semelhantes, os fundos reservados do Senhor, torna-se um duplo devedor com Ele. "Infidelidade para com Deus", é o que se acha escrito junto ao seu nome nos livros do Céu. Por se haver apropriado dos recursos do Senhor para seu próprio interesse, tem lá uma conta para saldar com Deus. E a falta de princípios que mostrou com apropriar-se indebitamente dos recursos do Senhor, há de revelar-se também noutros negócios que empreender. Mostrar-se-á em todos os assuntos relacionados com seus próprios negócios. O homem que rouba a Deus cultiva traços de caráter que o hão de excluir de ser admitido na família celestial. TS3 27 2 O uso egoísta da riqueza prova infidelidade para com Deus e torna o mordomo inapto para gerir bens celestiais. TS3 27 3 Por toda parte se oferecem oportunidades de fazer o bem. A cada passo surgem necessidades, e as missões são impedidas em seu progresso por falta de meios, tendo que ser abandonadas se o povo não despertar para o sentimento da realidade. Não espereis até ao dia da morte a fim de fazer o vosso testamento, mas disponde de vossos meios enquanto estais vivos. ------------------------Capítulo 4 -- Cristo em toda a Bíblia TS3 28 1 O poder de Cristo, o Salvador crucificado, para conceder a vida eterna, deve ser apresentado ao povo. Devemos demonstrar-lhes que o Antigo Testamento é tão certamente o evangelho em sombras e figuras, como o é o Novo em seu poder revelado. O Novo Testamento não apresenta uma religião nova; o Antigo Testamento não apresenta uma religião que deva ser substituída pelo Novo. O Novo Testamento é apenas a seqüência e revelação do Antigo. TS3 28 2 Abel cria em Cristo, e foi tão certamente salvo pelo Seu poder, quanto o foram Pedro e Paulo. Enoque foi tão certamente representante de Cristo quanto o amado discípulo João. Andou Enoque com Deus, e não se viu mais, porquanto Deus para Si o tomou. A ele foi confiada a mensagem da segunda vinda de Cristo. "Destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos." Judas 14. A mensagem pregada por Enoque e sua trasladação para o Céu, foram um argumento convincente para todos quantos viviam em seu tempo; foram um argumento que Matusalém e Noé puderam usar com autoridade para demonstrar que os justos podiam ser trasladados. TS3 28 3 O Deus que andou com Enoque foi o nosso Deus e Salvador Jesus Cristo. Era a luz do mundo como o é agora. Os que então viviam não estavam sem mestres que os instruíssem na senda da vida; porque Noé e Enoque eram cristãos. Em Levítico, o evangelho é apresentado em preceitos. Obediência implícita é exigida agora como então. Como é necessário que compreendamos a importância desta palavra! TS3 28 4 É feita a pergunta: Qual é a causa da escassez existente na igreja? A resposta é: Permitimos que a nossa mente se aparte da Palavra. Se a Palavra de Deus fosse comida como alimento da alma; se fosse tratada com respeito e deferência, não haveria necessidade dos muitos e repetidos Testemunhos que são concedidos. As simples declarações das Escrituras seriam recebidas e obedecidas. ------------------------Capítulo 5 -- Nossa atitude para com as autoridades civis TS3 29 1 Alguns de nossos irmãos têm escrito e dito muitas coisas que são interpretadas como contrárias ao Governo e à lei. Erro é expor-nos dessa maneira a um mal-entendido geral. Não é procedimento sábio o criticar continuamente os atos dos governantes. A nós não nos compete atacar indivíduos nem instituições. Devemos exercer grande cuidado para não sermos tomados por oponentes das autoridades civis. Certo é que a nossa luta é intensiva, mas as nossas armas devem ser as contidas num simples "Assim diz o Senhor". Nossa ocupação consiste em preparar um povo para estar de pé no grande dia de Deus. Não devemos desviar-nos para procedimentos que provoquem polêmica, ou suscitem oposição nos que não são da nossa fé. TS3 29 2 Não devemos agir de maneira tal que nos assinale como supostos adeptos da traição. Devemos descartar dos nossos escritos e palestras toda expressão que, tomada isoladamente, poderia ser mal-interpretada e tida por contrária à lei e à ordem. Tudo deve ser cuidadosamente pesado para não passarmos por fomentadores de deslealdade a nossa pátria e às suas leis. Não é exigido de nós que desafiemos as autoridades. Tempo virá em que, por defendermos a verdade bíblica, seremos considerados traidores; mas não apressemos esse momento por meio de procedimento imprudente que desperte animosidade e luta. TS3 29 3 Tempo virá em que expressões descuidadas de caráter denunciante, displicentemente proferidas ou escritas pelos nossos irmãos, hão de ser usadas pelos nossos inimigos para condenarem-nos. Não serão usadas simplesmente para condenar os que as proferiram, mas atribuídas a toda a comunidade adventista. Nossos acusadores dirão que em tal e tal dia um dos nossos homens responsáveis falou assim e assim contra a administração das leis deste governo. Muitos ficarão pasmos ao ver quantas coisas alimentadas no espírito e lembradas, servirão de prova para os argumentos dos nossos adversários. Muitos se surpreenderão de às suas próprias palavras ser atribuída significação que não intencionavam tivessem. Portanto, sejam os nossos obreiros cuidadosos no falar, em todo tempo e sob quaisquer circunstâncias. Estejam todos precavidos para que, por meio de expressões impensadas, não produzam um período de dificuldade antes da grande crise que provará as almas. TS3 29 4 Quanto menos recriminações diretas fizermos às autoridades e governantes, melhor trabalho seremos capazes de realizar, tanto nos Estados Unidos como em países estrangeiros. As nações estrangeiras seguirão o seu exemplo. Posto que ela seja a líder, a mesma crise atingirá todo o nosso povo em toda parte do mundo. TS3 29 5 Nossa ocupação é engrandecer e exaltar a lei de Deus. A verdade da santa Palavra de Deus deve ser divulgada. Devemos apresentar as Escrituras como norma de vida. Com toda a modéstia, no espírito da graça, no amor de Deus, devemos apontar aos homens que o Senhor Deus é o Criador dos céus e da Terra, e que o sétimo dia é o sábado do Senhor. TS3 30 1 No nome do Senhor devemos avançar, desfraldando o Seu estandarte, defendendo a Sua Palavra. Quando as autoridades nos ordenarem que não façamos este trabalho; quando nos proibirem de proclamar os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, então será preciso que digamos, como o fizeram os apóstolos: "Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido." Atos dos Apóstolos 4:19, 20. TS3 30 2 A verdade deve ser proclamada com o poder do Espírito Santo. Isso, somente, pode tornar eficazes as palavras. Unicamente por meio do poder do Espírito pode a vitória ser alcançada e mantida. O agente humano precisa ser influenciado pelo Espírito de Deus. Por meio da fé na salvação, devem os obreiros ser guardados pelo poder de Deus. Devem eles ter visão divina, para que não seja proferida coisa alguma que incite os homens a nos barrar o caminho. Pela inculcação da verdade espiritual, devemos preparar um povo para, com mansidão e temor, dar perante as mais altas autoridades de nosso mundo, a razão da sua fé. TS3 30 3 Devemos apresentar a verdade em sua simplicidade, pregar em favor da piedade prática; e fazê-lo no espírito de Cristo. A manifestação de semelhante espírito exercerá sobre nossa própria alma, a melhor das influências e, sobre outros, poder convincente. Concedei ao Senhor a oportunidade de atuar por meio de Suas próprias providências. Não imagineis que vos será possível estabelecer planos para o futuro; façamos com que todos reconheçam que em todo o tempo e sob quaisquer circunstâncias, Deus está ao leme. Ele agirá por meios adequados, Ele guardará, aumentará e constituirá o Seu próprio povo. Com zelo santificado TS3 30 4 Os agentes de Deus devem ter zelo santificado, que esteja inteiramente sob o Seu domínio. Tempos tempestuosos sobrevir-nos-ão impetuosamente, e não devemos agir espontaneamente para apressá-los. Sobrevirão tribulações de espécie tal que encaminharão para Deus todos quantos querem ser Seus, e Seus somente. Sem que sejamos provados na fornalha da provação, nós não nos conhecemos, e não se justifica que julguemos o caráter de outrem nem condenemos os que ainda não receberam a luz da mensagem do terceiro anjo. TS3 30 5 Se quisermos que os homens sejam convencidos de que a verdade que cremos santifica a alma e transforma o caráter, não estejamos continuamente sobre eles lançando veementes acusações. Se o fizermos, obrigá-los-emos a deduzirem que a doutrina que professamos não pode ser cristã, pois não nos torna bondosos, corteses e respeitosos. O cristianismo não se exterioriza em acusações violentas e condenação. TS3 31 1 Muitos dentre o nosso povo estão em perigo de tentar exercer domínio sobre outros, e pressão sobre os seus colegas. Existe o perigo de aqueles a quem são confiadas responsabilidades só reconhecerem um poder -- o poder da vontade não santificada. Alguns têm exercido esse poder de maneira inescrupulosa, e causado grande abatimento naqueles a quem o Senhor está usando. Uma das maiores maldições do mundo (vista por toda parte, na igreja e na sociedade) é o amor da supremacia. Absorvem-se os homens na busca de posição e popularidade. Para nossa desolação e vergonha, este espírito manifestou-se nas fileiras dos observadores do sábado. Mas o êxito espiritual advém somente aos que, na escola de Cristo, aprenderam a mansidão e a humildade. TS3 31 2 Devemos estar lembrados de que o mundo nos julgará pelo que aparentamos ser. Que os que buscam representar a Cristo exerçam o cuidado de não exibir traços incoerentes de caráter. Antes de assumirmos um lugar definido na linha da frente, certifiquemo-nos de que o Espírito Santo nos tenha sido concedido lá dos altos Céus. Quando isso acontecer, pregaremos uma mensagem definida, que será, porém, de espécie muito menos condenatória do que a de alguns; e os que crerem terão muito mais interesse na salvação de nossos oponentes. Deixemos inteiramente com Deus o assunto de condenar as autoridades e governos. Com humildade e amor, defendamos, como sentinelas fiéis, os princípios da verdade tal como é em Jesus. TS3 31 3 A mansidão é uma graça preciosa, disposta a sofrer em silêncio, disposta a suportar provações. A mansidão é paciente, e esforça-se para ser feliz sob todas as circunstâncias. A mansidão é sempre agradecida, e entoa os seus próprios cânticos de felicidade, tornando melodioso o coração para com Deus. A mansidão suportará desapontamento e injustiça, e não se vingará. A mansidão não deve ser taciturna nem irritadiça. O gênio irritadiço é o oposto da mansidão; pois só fere e causa desgosto nos outros, e não satisfaz a si próprio. -- Testimonies for the Church 3:335 (1873). TS3 31 4 Vi que o nosso dever em cada caso é obedecer às leis de nossa pátria, a menos que se oponham às que Deus proferiu com voz audível do Monte Sinai, e depois, com o próprio dedo, gravou em pedra. "Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e Eu lhes serei por Deus, e eles Me serão por povo." Hebreus 8:10. Quem tem a lei de Deus escrita no coração, obedecerá mais a Deus do que aos homens, e preferirá desobedecer a todos os homens a desviar-se um mínimo que seja dos mandamentos de Deus. O povo de Deus, ensinado pela inspiração da verdade, e guiado por uma consciência pura a viver segundo toda palavra de Deus, terá a Sua lei, escrita no coração, como única autoridade que reconhecem ou consentem em obedecer. Supremas são a sabedoria e a autoridade da lei divina. -- Testimonies for the Church 1:361 (1863). ------------------------Capítulo 6 -- A igreja e o ministério TS3 32 1 É já alto tempo de que os membros de nossas igrejas façam esforços decididos para sustentar os homens que proclamam ao mundo a última mensagem de misericórdia. Que os membros da igreja, numa manifestação de religiosidade prática, amparem a mensagem de advertência que está sendo levada ao mundo pelos mensageiros de Deus. As pessoas inteligentes estão alarmadas ante as perspectivas existentes no mundo. Se os que possuem conhecimento da verdade praticarem os princípios bíblicos, mostrando que foram santificados pela verdade, e são verdadeiros seguidores do manso e humilde Salvador, exercerão influência que ganhará almas para Cristo. TS3 32 2 Qualquer coisa menos do que o serviço ativo e fervoroso em prol do Mestre desmente a nossa profissão de fé. Unicamente o cristianismo que se revela por meio de trabalho sincero e prático, impressionará os que estão mortos em ofensas e pecados. Cristãos de oração, humildes e crentes, que por seus atos mostrem que o seu maior desejo é comunicar a verdade salvadora que a todos provará, colherão frutos abundantes para o Mestre. Entusiasmo na conquista de almas TS3 32 3 Precisamos quebrar a monotonia de nossa atividade religiosa. Estamos fazendo um trabalho no mundo, mas não demonstramos suficiente atividade e zelo. Se fôssemos mais zelosos, convencer-se-iam os homens da verdade da nossa mensagem. A timidez e monotonia do serviço que a Deus prestamos repele muitas almas da classe mais elevada, que quer ver zelo mais profundo, sincero e santificado. A religião formal não atenderá às necessidades da época presente. É-nos possível praticar todos os atos externos de culto, e ainda assim estarmos destituídos da influência vivificante do Espírito Santo, como do orvalho e chuva, os montes de Gilboa. Necessitamos todos da rega espiritual, bem como dos brilhantes raios do Sol da Justiça, para nos suavizar e subjugar o coração. Devemos estar sempre firmados nos princípios, como uma rocha. Os princípios bíblicos devem ser ensinados e também apoiados por santa prática. TS3 33 1 Os que se empenham no serviço de Deus precisam mostrar ânimo e determinação no trabalho de ganhar almas. Lembrem-se que há os que hão de perecer, a menos que nós, como instrumentos de Deus, trabalhemos com uma determinação que nunca falhe nem esmoreça. O trono da graça deve ser o nosso arrimo contínuo. TS3 33 2 Não existe desculpa para ser tão vacilante e fraca a fé de nossas igrejas. "Voltai à fortaleza, ó presos de esperança." Zacarias 9:12. Há energia para nós em Cristo. Ele é o nosso Advogado perante o Pai. Ele envia a todas as partes do Seu domínio os Seus mensageiros para comunicarem ao Seu povo a Sua vontade. Anda no meio de Suas igrejas. Quer santificar, elevar e enobrecer os Seus seguidores. A influência dos que verdadeiramente nEle crêem será um cheiro de vida no mundo. Tem Ele em Sua destra as estrelas, com o propósito de que, por intermédio delas, a Sua luz irradie para o mundo. Assim pretende preparar Seu povo para o mais elevado serviço na igreja do Céu. Ele nos incumbiu da realização de uma grande tarefa. Façamo-la com exatidão e determinação. Mostremos em nossa vida o que a verdade tem feito por nós. TS3 33 3 "Aquele ... que anda no meio dos sete castiçais de ouro." Apocalipse 2:1. Este passo mostra a ligação de Cristo com as igrejas. Em todo o comprimento e largura da Terra, Ele anda no meio das Suas igrejas. Observa-as com interesse intenso a fim de ver se, espiritualmente, estão em condição tal que possam apressar o estabelecimento do Seu reino. Cristo está presente em cada reunião da igreja. Conhece pessoalmente cada pessoa que toma parte no Seu culto. Conhece aqueles cujo coração Ele pode encher do óleo santo, para o repartirem com outros. TS3 33 4 Os que fielmente levam avante a obra de Cristo em nosso mundo, exemplificando por palavras e atos o caráter de Deus, cumprindo o propósito do Senhor para com eles, são à Sua vista muito preciosos. Cristo com eles Se compraz, como se deleita o homem num jardim bem cuidado e na fragrância das flores que plantou. O que poderia ter acontecido TS3 34 1 Tem custado abnegação, sacrifício, energia indomável e muita oração para pôr os vários empreendimentos missionários no nível em que agora estão. Existe o perigo de que alguns dos que agora entram em atividade se conformem com ser ineficientes, pensando que não há agora tanta necessidade de abnegação e diligência, tanto trabalho difícil e desagradável, como o experimentaram os líderes desta mensagem; que os tempos são outros; e que, visto haver agora mais recursos na causa de Deus, não há necessidade de se submeterem às provações a que muitos se sujeitaram no começo da mensagem. TS3 34 2 Se, porém, a mesma diligência e abnegação fossem manifestas na fase atual da obra, como o foi no seu início, realizaríamos cem vezes mais do que agora fazemos. TS3 34 3 Se quisermos que a obra prossiga no elevado plano de ação com que começou, não deverá haver desvio dos recursos morais. Impõe-se que se faça continuamente novo suprimento de energia moral. Se os que agora se iniciam como obreiros pensarem que podem diminuir os seus esforços, que a abnegação e a economia estrita, não apenas de meios mas de tempo também, não são necessárias agora, a obra regredirá. Os obreiros de agora devem possuir o mesmo grau de religiosidade, energia e perseverança que possuíam os nossos líderes. TS3 34 4 A obra avançou de maneira tal que abrange agora um território vasto, e aumentou o número dos crentes. Ainda existe grande deficiência, uma vez que um trabalho maior poderia haver sido realizado se houvesse imperado o mesmo espírito missionário dos primeiros tempos. Sem esse espírito, o obreiro somente maculará e desfigurará a causa de Deus. A obra está realmente regredindo em lugar de avançar, como Deus pretendia devesse ser. O nosso número presente e a extensão da nossa obra não têm termo de comparação com o que inicialmente foram. Devemos ponderar o que poderia haver sido feito se cada obreiro houvesse consagrado a Deus alma, corpo e espírito, como deveria tê-lo feito. TS3 34 5 Como nunca dantes, devemos orar, não somente para que sejam enviados obreiros à grande seara, mas também para que tenhamos conceito claro da verdade, de forma tal que, quando vierem os mensageiros da verdade, aceitemos a mensagem e respeitemos o mensageiro. Os pastores e os assuntos comerciais TS3 34 6 Os pastores evangélicos devem conservar o seu cargo livre de todas as interferências seculares ou políticas, empregando todo o seu tempo e talentos em ramos de esforço cristão. -- Testimonies for the Church 7:252 (1902). TS3 35 1 Reter um pastor num lugar, dando-lhe a administração de assuntos financeiros da obra da igreja, não lhe favorece a espiritualidade. Fazer isto não está em conformidade com o plano bíblico, esboçado no capítulo seis de Atos. Estudai esse plano; pois é aprovado por Deus. Segui a Palavra. -- Testimonies for the Church 7:252 (1902). TS3 35 2 Aquele que expõe a Palavra da vida não deve permitir que sobre ele sejam postos encargos demasiados. Ele precisa tomar tempo para estudar a Palavra e examinar-se a si mesmo. Se examinar rigorosamente o próprio coração e entregar-se ao Senhor, melhor saberá como entender os mistérios de Deus. -- Testimonies for the Church, 7:252 (1902). TS3 35 3 Nossos pastores devem aprender a despreocupar-se dos assuntos comerciais e financeiros. Repetidamente me tem sido comunicado que não é essa a ocupação do pastor. Não deve ele ser sobrecarregado com os pormenores comerciais, embora se trate do trabalho nas cidades, mas dispor de tempo para visitar os lugares em que se despertou interesse pela mensagem, e especialmente assistir a reuniões de assembléias. No decorrer dessas reuniões, nossos obreiros não devem pensar que lhes é preciso permanecerem na cidade para atender aos assuntos comerciais relacionados com os vários ramos do trabalho que ali é feito; nem devem à pressa abandonar as reuniões de assembléia para fazer essa espécie de trabalho. TS3 35 4 Aqueles que têm a seu cargo as nossas Associações, devem buscar economistas para atenderem aos pormenores financeiros do trabalho nas cidades. Se não for possível encontrarem-se homens tais, providenciem-se os meios para instruir quem assuma essas responsabilidades. -- Testimonies for the Church 7:252, 253 (1902). TS3 35 5 Em vez de escolher o trabalho que mais nos agrade, e recusar-nos a fazer alguma coisa que nossos irmãos julgam devermos fazer, cumpre-nos indagar: "Senhor, que queres que eu faça?" Atos dos Apóstolos 9:6. Em vez de marcar o caminho que a inclinação natural nos dispõe a seguir, devemos orar: "Ensina-me, Senhor, o Teu caminho, e guia-me pela vereda direita." Salmos 27:11. -- Testimonies for the Church 7:252 (1902). ------------------------Capítulo 7 -- As atividades missionárias no lar TS3 36 1 A Testemunha Fiel Se dirige à igreja de Éfeso, dizendo: "Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apocalipse 2:4, 5. TS3 36 2 A princípio, o que distinguia a igreja de Éfeso eram a sua simplicidade e fervor como de uma criança. Manifestava-se amor sincero, vivo e ardente a Cristo. Os crentes rejubilavam-se no amor de Deus, porque Cristo lhes estava continuamente presente no coração. Tinham nos lábios o louvor de Deus, e sua manifestação de reconhecimento estava em conformidade com o da família celestial. TS3 36 3 O mundo conhecia que haviam estado com Jesus. Os pecadores, arrependidos, perdoados, purificados e santificados eram postos em associação com Deus por meio de Seu Filho. Os crentes buscavam instantemente receber toda Palavra de Deus e a ela obedecer. Cheios de amor ao Redentor, buscavam como seu mais elevado objetivo, ganhar almas para Ele. Não pensavam em reter o precioso tesouro da graça de Cristo. Sentiam a importância de sua vocação e, sob o peso da mensagem -- Paz na Terra, boa vontade para com os homens -- ardiam de desejo de proclamar as boas novas até nos mais remotos confins da Terra. TS3 36 4 Os membros da igreja estavam unidos em sentimento e ação. O amor de Cristo era a corrente áurea que os vinculava entre si. Prosseguiam conhecendo o Senhor sempre e sempre com maior perfeição, e revelavam em sua vida alegria, conforto e paz. Visitavam os órfãos e as viúvas em suas tribulações e mantinham-se incontaminados do mundo. Consideravam que o deixar de fazê-lo teria equivalido a contradizer sua profissão de fé e negar o Redentor. TS3 37 1 Em toda cidade era a obra levada avante. Almas eram convertidas, as quais, por sua vez, sentiam o dever de transmitir a outrem o inestimável tesouro. Não tinham sossego sem que os raios de luz que lhes haviam iluminado a mente resplandecessem sobre outros. Multidões de incrédulos familiarizavam-se com a razão da esperança do cristão. Faziam-se calorosos e inspirados apelos pessoais aos pecadores e errantes, aos desprezados e aos que, embora professassem conhecer a verdade, eram mais amantes dos prazeres do que de Deus. TS3 37 2 Depois de algum tempo, porém, o zelo dos crentes, seu amor a Deus e de uns aos outros, começou a minguar. Penetrou na igreja a frieza. Surgiram divergências, e os olhos de muitos deixaram de contemplar a Jesus, como Autor e Consumador de sua fé. As multidões que poderiam haver sido convencidas e convertidas pela prática fiel da verdade, foram deixadas sem advertência. Foi então que a Fiel Testemunha dirigiu Sua mensagem à Igreja de Éfeso. Sua falta de interesse pela salvação das almas demonstrava que havia perdido o primeiro amor; porque ninguém pode amar a Deus de todo o coração, espírito e alma, e com todas as forças, sem amar as pessoas por quem Cristo morreu. Deus os convidou a arrependerem-se e tornarem às primeiras obras, para não lhes ser tirado do seu lugar o seu castiçal. Lições da igreja de Éfeso TS3 37 3 Não vemos repetida na igreja desta geração a experiência da igreja de Éfeso? Como está a igreja usando hoje o conhecimento que recebeu da verdade de Deus? Quando pela primeira vez os seus membros viram a indizível misericórdia divina para com a humanidade caída, não se puderam calar. Estavam cheios de ânimo e do desejo de cooperar com Deus na transmissão para outros das bênçãos que eles próprios haviam recebido. Dando, também recebiam continuamente. Cresciam na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Qual a condição de hoje? TS3 37 4 Irmãos e irmãs, a vós que há muito presumis conhecer a verdade, pergunto individualmente: Está a vossa prática em conformidade com a luz, os privilégios e oportunidades que o Céu vos deparou? Pergunta importante é esta. O Sol da Justiça nasceu para a igreja, e a obrigação da igreja é resplandecer. A toda alma assiste o privilégio de progredir. Os que estão unidos a Cristo crescerão na graça e no conhecimento do Filho de Deus, até alcançar a estatura completa de homens e mulheres. Se todos quantos professam crer a verdade houvessem aproveitado bem as suas aptidões e oportunidades de aprender e praticar, ter-se-iam tornado fortes em Cristo. Não importa a sua ocupação -- lavradores, mecânicos, professores ou pastores -- se se tivessem consagrado inteiramente a Deus, poderiam haver-se tornado obreiros eficientes do Mestre celestial. TS3 38 1 Que fazem, porém, os membros da igreja, para que possam ser chamados "cooperadores de Deus"? 1 Coríntios 3:9. Onde vemos o "trabalho da sua alma"? Isaías 53:11. Onde vemos os membros da igreja absortos em assuntos religiosos, submissos à vontade de Deus? Onde vemos os cristãos a sentirem sua responsabilidade de tornar próspera, bem animada e resplandecente a igreja? Onde vemos os que não restringem nem medem o seu trabalho de amor para o Mestre? Nosso Redentor deve ver "o trabalho de Sua alma" e ficar satisfeito; que acontecerá com os que professam ser seguidores Seus? Ficarão satisfeitos ao verem o fruto de suas atividades? TS3 38 2 Por que há tão pouca fé, tão pouco poder espiritual? Por que são tão poucos os que levam o jugo e a carga de Cristo? Por que é necessário incitar as pessoas para empreenderem sua obra em favor de Cristo? Por que são tão poucos os que podem revelar os mistérios da redenção? Por que não resplandece como luz para o mundo a imputada justiça de Cristo, por meio dos que professam segui-Lo? O resultado da inatividade TS3 38 3 Quando os homens usarem as suas faculdades como Deus o indica, seus talentos aumentarão, sua capacidade será ampliada, e terão visão celestial ao buscarem salvar os perdidos. Mas enquanto os membros da igreja forem indiferentes e descuidosos da responsabilidade que Deus lhes confiou para comunicar a outros, como podem esperar receber o tesouro celestial? Quando os que professam ser cristãos não sentem a preocupação de iluminar os que estão em trevas, quando deixam de comunicar graça e conhecimento, tornam-se menos capazes de discernir, perdem o apreço das riquezas dos dons celestiais; e, deixando de valorizá-los para si próprios, deixam de sentir a necessidade de apresentá-los a outros. TS3 38 4 Vemos estabelecerem-se grandes igrejas em diferentes lugares. Seus membros receberam o conhecimento da verdade, e muitos se contentam com ouvir a Palavra da Vida sem transmitir a luz a outros. Sentem pouca responsabilidade pelo progresso da Obra, pouco interesse na salvação de almas. Estão cheios de zelo por coisas profanas, mas não entretecem nos seus negócios a religião. Dizem: "Religião é religião, e negócio é negócio." Crêem que cada uma dessas coisas tem a sua esfera própria, mas dizem: TS3 38 5 "Fiquem separadas." Por motivo dessas oportunidades desprezadas e do abuso dos privilégios, os membros dessas igrejas não estão crescendo "na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo". 2 Pedro 3:18. Portanto, são débeis na fé, deficientes no conhecimento, e meninos na experiência. Não estão arraigados nem firmados na verdade. Se permanecerem nesse estado, os muitos enganos dos últimos dias certamente os seduzirão; porque não terão visão espiritual para discernir a verdade do erro. TS3 39 1 Deus deu aos Seus pastores a mensagem da verdade para que a proclamem. As igrejas devem recebê-la, e por todo meio possível comunicá-la, assimilando os primeiros raios de luz e difundindo-os. Em não fazê-lo consiste o nosso grande pecado. Estamos anos atrasados. Os pastores têm estado a procurar o tesouro escondido, estiveram a abrir o cofre, deixando refulgir as jóias da verdade; mas os membros da igreja não têm feito a centésima parte do que Deus deles requer. Que podemos esperar senão retrocesso na vida religiosa, se o povo ouve sermão após sermão, e não põe em prática as instruções? Se não for usada, degenera a capacidade que Deus confere. Ainda mais, quando as igrejas estão entregues à inatividade, Satanás trata de lhes prover ocupação. Ele ocupa o campo, alista os membros em atividades que lhes absorvem as energias, destroem a espiritualidade e fazem com que se tornem um peso morto sobre a igreja. TS3 39 2 Há entre nós pessoas que, se tomassem tempo para observar, considerariam sua posição indolente como um descuido pecaminoso dos talentos que Deus lhes conferiu. Irmãos e irmãs, vosso Redentor e todos os santos anjos estão entristecidos com a vossa dureza de coração. Cristo deu Sua própria vida para salvar almas e, não obstante, vós, que Lhe haveis provado o amor, pouco esforço fazeis para partilhar as bênçãos de Sua graça com aqueles por quem Ele morreu. Semelhante indiferença e negligência do dever assombra os anjos. No juízo tereis que encontrar-vos com as almas de que vos haveis descuidado. Naquele grande dia, sentir-vos-eis culpados e condenados. Oxalá o Senhor vos induza agora ao arrependimento e perdoe ao Seu povo o haver descuidado a obra que Ele lhes deu para fazerem em Sua vinha. TS3 39 3 "Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apocalipse 2:5. TS3 39 4 Oh! como são poucos os que conhecem o tempo de seu julgamento! TS3 39 5 Oh! quão poucos, mesmo entre os que afirmam crer na verdade presente, compreendem os sinais dos tempos, ou o que havemos de experimentar antes do fim! Estamos hoje sob a indulgência divina; mas por quanto tempo continuarão os anjos de Deus retendo os ventos para que não soprem? TS3 39 6 Não obstante a indizível misericórdia divina para conosco, como são poucos, em nossas igrejas, os que são verdadeiramente humildes, consagrados, servos de Cristo tementes a Deus! Como são poucos os corações repletos de gratidão e reconhecimento por haverem sido honrados e chamados para desempenhar uma parte na Obra de Deus, sendo co-participantes dos sofrimentos de Cristo! TS3 40 1 Muitíssimos dos que hoje compõem nossas congregações estão mortos em ofensas e pecados. Vão e vêm como a porta sobre seus gonzos. Durante anos escutaram complacentemente as verdades mais solenes e comovedoras da alma, mas não as puseram em prática. Portanto, são cada vez mais insensíveis à preciosidade da verdade. Os testemunhos comovedores de reprovação e admoestação não os movem ao arrependimento. As mais suaves melodias de origem divina, vindas através de lábios humanos -- a justificação pela fé e a justiça de Cristo -- não lhes arrancam uma manifestação de amor e gratidão. Embora o Mercador celestial lhes exiba as jóias mais preciosas da fé e amor, ainda que os convide para dEle comprar o "Ouro refinado no fogo" (Apocalipse 3:18), "vestidos brancos" para que se vistam, e "colírio" para que vejam, endurecem contra Ele o coração e deixam de trocar pelo amor e o zelo, a sua mornidão. Conquanto professem piedade, negam-lhe o poder. Se continuarem nesse estado, Deus os repudiará. Estão-se incapacitando para serem membros de Sua família. Converter pessoas deve ser o alvo máximo TS3 40 2 Não devemos julgar que a obra do evangelho dependa principalmente do pastor. Deus deu a cada um uma obra para fazer em relação com o Seu reino. Cada um dos que professam o nome de Cristo, deverá ser obreiro zeloso e desinteressado, decidido a defender os princípios da justiça. Cada pessoa deverá desempenhar parte ativa para fomentar a causa de Deus. Qualquer que seja a nossa vocação, como cristãos temos uma obra que fazer -- tornar Cristo conhecido do mundo. Devemos ser missionários que tenham como alvo principal converter pessoas para Cristo. TS3 40 3 Deus confiou à Sua igreja a obra de difundir a luz e disseminar a mensagem do Seu amor. Nossa ocupação não consiste em condenar nem denunciar, mas em atrair juntamente com Cristo, rogando aos homens que se reconciliem com Deus. Devemos animar as pessoas, atraí-las, e assim ganhá-las para o Salvador. Se não tivermos esse interesse, se recusarmos a Deus o serviço de nosso coração e vida, estamos roubando-Lhe influência, tempo, dinheiro e esforço. Deixando de beneficiar nossos semelhantes, roubamos a Deus a glória que para Ele fluiria pela conversão as almas. Comecemos pelos mais próximos TS3 40 4 Alguns que, durante longo tempo professaram ser cristãos e, não obstante, não sentiram responsabilidade pelas almas que perecem à sombra de sua própria casa, pensam, talvez, que têm uma obra para fazer em países estrangeiros; mas onde está a prova de serem idôneos para essa obra? Em que manifestaram preocupação pelas almas? Essas pessoas precisam primeiramente ser ensinadas e disciplinadas em sua própria casa. A verdadeira fé e amor a Cristo criariam nelas o desejo ardente de salvar almas em sua própria vizinhança. Exerceriam toda energia espiritual para trabalhar com Cristo, dEle aprendendo a mansidão e humildade. Então, se Deus quisesse que fossem para países estrangeiros, estariam preparadas. TS3 41 1 Comecem por casa, em sua própria família, na própria vizinhança, entre os próprios amigos, os que desejam trabalhar para Deus. Encontrarão ali um campo missionário propício. Essa obra missionária é uma prova, que lhes revela a capacidade ou inabilitação para servir numa esfera mais ampla. O exemplo de Filipe com Natanael TS3 41 2 O caso de Filipe e Natanael é um exemplo da verdadeira obra missionária. Filipe vira Jesus e convencera-se de que era o Messias. Em seu júbilo, queria que também os seus amigos conhecessem as boas novas. Queria que a verdade que lhe comunicara tanto conforto fosse compartilhada por Natanael. A verdadeira graça no coração sempre revelará a sua presença difundindo-se. Filipe saiu em busca de Natanael e, ao chamá-lo, Natanael lhe respondeu de seu lugar de oração, debaixo da figueira. Natanael não tivera o privilégio de escutar as palavras de Jesus, mas estava sendo para Ele atraído em espírito. Anelava receber luz e estava nesse momento sinceramente orando por ela. Filipe exclamou, alegremente: "Havemos achado Aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré." João 1:45. A convite de Filipe, Natanael buscou e achou o Salvador, e por sua vez associou-se à obra de ganhar almas para Cristo. TS3 41 3 Um dos meios mais eficazes de comunicar a luz é o trabalho particular, pessoal. No círculo familiar, no lar do vizinho, à cabeceira do doente, de maneira tranqüila podeis ler as Escrituras e falar acerca de Jesus e da verdade. Lançareis, assim, preciosa semente, que germinará e produzirá fruto. A família como campo missionário TS3 41 4 Nossa obra para Cristo deve começar com a família, no lar. A instrução da juventude deve ser de espécie diversa da que foi ministrada no passado. Sua felicidade exige muito maior trabalho do que o que lhe foi dedicado antes. Não existe campo missionário mais importante do que esse. Por preceito e exemplo devem os pais ensinar os filhos a trabalharem pelos inconversos. Devem as crianças ser educadas de maneira tal que simpatizem com os idosos e enfermos, e tratem de aliviar os sofrimentos dos pobres e oprimidos. Deve-se-lhes ensinar a serem diligentes na atividade missionária; e, desde tenra idade, inculcar a abnegação e sacrifício para o bem de outros e o progresso da causa de Cristo, a fim de serem colaboradores de Deus. TS3 42 1 Mas se alguma vez houverem de aprender a fazer trabalho missionário verdadeiro em favor dos demais, devem eles aprender primeiramente a trabalhar pelos que estão em casa e têm direito natural ao seu serviço de amor. Cada criança deve ser ensinada a desempenhar sua parte de trabalho em casa. Nunca deveria ela envergonhar-se de empregar as mãos para aliviar os afazeres domésticos, nem os pés para levar recados. Estando assim ocupada, não enveredará pelos caminhos da negligência e pecado. Quantas horas desperdiçam as crianças e os jovens, as quais poderiam empregar levando sobre seus fortes ombros parte dos encargos domésticos, com que alguém tem que arcar, manifestando assim amoroso interesse por seus pais! Devem também ser arraigados nos verdadeiros princípios da reforma pró-saúde e no cuidado do corpo. TS3 42 2 Oxalá velassem os pais, com oração e cuidado pela felicidade eterna de seus filhos! Perguntem eles: Fomos nós negligentes? Descuidamos esta obra solene? Permitimos que nossos filhos chegassem a ser joguetes das tentações de Satanás? Não temos que prestar conta solene a Deus por havermos permitido que nossos filhos empreguem seus talentos, tempo e influência para proceder contra a verdade, contra Cristo? Não descuidamos nosso dever de pais, aumentando o número dos súditos do reino de Satanás? TS3 42 3 Muitos descuidaram vergonhosamente este campo do lar, e é tempo de que sejam apresentados recursos e remédios divinos para corrigir esse mal. Que desculpas podem apresentar os que professam seguir a Cristo, para o seu descuido de ensinar os filhos a trabalharem para Ele? TS3 42 4 Deus pretende que as famílias da Terra sejam um símbolo da família do Céu. Os lares cristãos, estabelecidos e dirigidos de conformidade com o plano de Deus, são um maravilhoso auxílio na formação do caráter cristão e para o progresso de Sua Obra. TS3 42 5 Se os pais desejam ver em sua família um estado diferente, consagrem-se inteiramente a Deus eles mesmos, e com Ele cooperem na obra por cujo meio se possa realizar uma transformação em sua família. TS3 42 6 Quando nossa própria casa for o que deve ser, não deixaremos que nossos filhos cresçam na ociosidade e indiferença para com os reclamos de Deus em favor dos necessitados que os rodeiam. Como herança do Senhor, estarão habilitados para empreender a obra onde estão. De lares tais resplandecerá uma luz que se revelará em favor dos ignorantes, levando-os à fonte de todo o conhecimento. Exercerão influência poderosa em prol de Deus e de Sua verdade. Instruir a igreja na atividade missionária TS3 43 1 "Guarda, que houve de noite?" Isaías 21:11. Estão as sentinelas a quem esta pergunta é feita, em condição de fazer soar o toque certo da trombeta? Estão os pastores cuidando fielmente do rebanho de que são responsáveis? Estão os ministros de Deus cuidando das pessoas, compreendendo que os que estão sob seu cuidado foram comprados pelo sangue de Cristo? Grande obra tem que ser feita no mundo, e que esforços estamos fazendo para realizá-la? Os crentes têm tido demasiados sermões; mas, ensinou-se-lhes a trabalhar por aqueles por quem Cristo morreu? Ideou-se uma espécie de trabalho, que lhes haja sido apresentado de maneira tal que cada um tenha visto a necessidade de participar da obra? TS3 43 2 É evidente que todos os sermões pregados não produziram grande colheita de obreiros abnegados. Deve considerar-se que este assunto envolve os mais graves resultados. Está em jogo o nosso destino eterno. As igrejas estão definhando porque os seus talentos não foram empregados para difundir a luz. Devem ser dadas instruções cuidadosas que serão como lições do Mestre, para que todos utilizem a sua luz. Os que têm a supervisão das igrejas, devem escolher membros capazes e confiar-lhes responsabilidades, dando-lhes ao mesmo tempo instruções quanto a como melhor servir e beneficiar outros. TS3 43 3 Todo meio deve ser usado para apresentar a verdade aos milhares que discernirão as evidências e apreciarão a semelhança de Cristo em Seu povo, se tiverem a oportunidade de vê-la. Utilize-se a reunião missionária para ensinar o povo a fazer trabalho missionário. Deus espera que Sua igreja discipline e prepare seus membros para a obra de iluminar o mundo. Deve prover-se instrução que leve centenas de pessoas a entregarem aos banqueiros os seus valiosos talentos. Pelo uso desses talentos, revelar-se-ão homens que estarão capacitados para ocupar posições de confiança e influência, e manter princípios puros e incontaminados. Far-se-á assim muito bem para o Mestre. Pôr os membros da igreja a trabalhar TS3 43 4 Muitos que possuem verdadeira capacidade se estão enferrujando na inação por não saberem como pôr-se a trabalhar em ramos missionários. Alguém que possua habilitação, apresente a esses inativos o ramo de trabalho que poderiam fazer. Estabeleçam-se pequenas Missões em muitos lugares, para ensinar homens e mulheres a empregarem seus talentos e aumentá-los. Compreendam todos o que deles se espera, e muitos dos que agora estão desocupados, trabalharão fielmente. TS3 44 1 A parábola dos talentos deve ser explicada a todos. Faça-se compreender aos membros da igreja que eles são a luz do mundo, e que segundo suas várias habilitações, o Senhor espera que iluminem e beneficiem outros. Quer sejam ricos ou pobres, quer grandes ou humildes, Deus os chama para servi-Lo ativamente. Conta Ele com a igreja para o avançamento de Sua causa, e espera que os que professam segui-Lo cumpram seu dever como seres inteligentes. Muito necessário é que participe da obra de salvar almas toda mente adestrada, todo intelecto disciplinado, toda parcela mínima de capacidade. TS3 44 2 Não desprezeis as coisas pequenas, buscando uma grande obra. Podeis fazer com bom êxito a obra pequena, mas fracassar inteiramente ao tentar uma obra maior, e cair em desânimo. Ponde-vos a trabalhar onde quer que vejais que há trabalho para fazer. Será fazendo com as vossas forças o que as vossas mãos achem para fazer, que desenvolvereis talentos e aptidões para obra maior. Por desprezarem as oportunidades diárias, descuidando as coisas pequenas, é que muitos se tornam infrutíferos e débeis. TS3 44 3 Há maneiras em que todos podem fazer trabalho pessoal para Deus. Alguns podem escrever uma carta a amigo distante ou enviar uma revista a quem esteja pesquisando a verdade. Outros podem dar conselhos aos que estão em dificuldades. Os que sabem tratar de enfermos podem ajudar nesse ramo. Outros, que têm as habilitações necessárias, podem dar estudos bíblicos ou dirigir classes bíblicas. TS3 44 4 Modalidades mais simples de trabalhar devem ser ideadas e adotadas nas igrejas. Se os membros aceitarem unanimemente esses planos e perseverantemente os executarem, recolherão recompensa farta; porque a sua experiência se irá enriquecendo, a habilidade aumentando e, por seus esforços, salvar-se-ão almas. Mesmo os iletrados devem trabalhar TS3 44 5 Ninguém deve sentir que, por não ser instruído, não pode ter parte na obra do Senhor. Deus tem uma parte para fazerdes. Deu Ele a cada um a sua obra. Podeis esquadrinhar as Escrituras por vossa conta. "A exposição das Tuas palavras dá luz; dá entendimento aos símplices." Salmos 119:130. Podeis orar pela obra. A oração do coração sincero, feita com fé, será ouvida no Céu. E trabalhareis segundo a vossa capacidade. TS3 44 6 Cada qual exerce uma influência para bem ou para mal. Se a alma está santificada para o serviço de Deus, e consagrada à obra de Cristo, sua influência tenderá para ajuntar com Cristo. TS3 44 7 Todo o Céu está em atividade, e os anjos de Deus estão à espera para cooperar com todos os que queiram idear planos por cujo meio as almas por quem Cristo morreu ouçam as boas novas da salvação. Os anjos que ministram aos que hão de herdar a salvação, dizem a cada verdadeiro santo: "Há uma obra para fazerdes." "Ide e... dizei ao povo todas as palavras desta vida." Atos dos Apóstolos 5:20. Se todos a quem esta ordem é dirigida, a ela obedecessem, o Senhor diante deles prepararia o caminho, dando-lhes a posse dos recursos com que irem. Despertar os ociosos TS3 45 1 Há almas que estão perecendo sem Cristo, e os que professam ser discípulos Seus, deixam-nas morrer. Foram confiados aos nossos irmãos talentos para esta mesma obra de salvar almas; mas alguns os amarraram num lenço e enterraram. Quanto se assemelham esses ociosos ao anjo que é representado como a voar pelo meio do céu, proclamando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus? Que súplicas podem ser feitas aos ociosos para despertá-los, a fim de que vão trabalhar para o Mestre? Que podemos dizer ao membro da igreja ocioso, a fim de fazer-lhe reconhecer a necessidade de desenterrar o seu talento e entregá-lo aos banqueiros? Não haverá no reino dos Céus ociosos nem preguiçosos. Que Deus apresente este assunto em toda a sua importância às igrejas dormentes! Oxalá se levante Sião e vista as suas roupagens de gala! Oxalá resplandeça! TS3 45 2 Muitos pastores ordenados há que ainda não exerceram sobre o povo de Deus o cuidado de pastor, nunca vigiaram pelas almas, como aqueles que delas hão de dar conta. Em vez de progredir, a igreja é deixada no estado de um corpo débil, dependente e ineficiente. Os membros da igreja, acostumados a confiar na pregação, pouco fazem para Cristo. Não produzem fruto, mas, ao contrário, aumentam seu egoísmo e infidelidade. Põem a esperança no pregador e confiam nos seus esforços para manter viva a sua débil fé. Porquanto os membros da igreja não foram devidamente instruídos por quem Deus pôs como supervisores, muitos são servos ociosos, que escondem na terra os talentos e, não obstante, queixam-se de como o Senhor os trata. Esperam ser atendidos como crianças enfermas. TS3 45 3 Este estado de fraqueza não deve prosseguir. Deve fazer-se na igreja uma obra bem organizada, para que seus membros saibam como comunicar a luz a outros e assim fortalecer a própria fé e aumentar o seu conhecimento. Ao repartirem o que de Deus receberam, firmar-se-ão na fé. A igreja que trabalha é igreja viva. Somos transformados em pedras vivas, e cada uma delas deve emitir luz. Cada cristão é comparado a uma pedra preciosa que recebe a glória de Deus e a reflete. TS3 45 4 A idéia de que o pastor deve levar toda a carga e fazer todo o trabalho, é um grande engano. Sobrecarregado de trabalho e exausto, poderá descer ao sepulcro quando, se a carga houvesse sido repartida como era o plano de Deus, poderia haver vivido. A fim de que a carga seja distribuída, devem instruir a igreja os que podem ensinar outros a seguirem a Cristo e trabalharem como Ele trabalhou. Os jovens devem ser missionários TS3 46 1 Não se passe por alto a juventude; compartilhem eles do trabalho e da responsabilidade. Sintam caber-lhes uma parte a desempenhar no ajudar e beneficiar a outros. As próprias crianças devem ser ensinadas a fazer pequenos serviços de amor e misericórdia em favor dos menos afortunados. TS3 46 2 Concebam os supervisores da igreja planos por cujo meio possam os jovens ser adestrados no emprego dos talentos que lhes foram confiados. Busquem os membros mais idosos da igreja trabalhar dedicada e compassivamente em prol das crianças e jovens. Apliquem os pastores todo o seu engenho na idealização de planos em que os membros mais jovens da igreja possam ser induzidos a com eles cooperar no trabalho missionário. Mas não imagineis que possais despertar-lhes o interesse simplesmente com pregar um sermão longo na reunião missionária. Imaginai planos que despertem vivo interesse. Tenham todos uma parte para desempenhar. Sejam os jovens preparados para fazer o que se lhes indicar, e tragam semana a semana seus relatórios para a reunião missionária, contando o que tenham experimentado, e, mediante a graça de Cristo, qual tem sido o seu êxito. Se esses relatórios fossem trazidos por pessoas que trabalham com consagração, as reuniões missionárias não seriam áridas nem enfadonhas. Estariam cheias de interesse, e não haveria falta de assistência. TS3 46 3 Em toda igreja, devem os membros ser adestrados de maneira tal que dediquem tempo para ganhar almas para Cristo. Como poderá ser dito da igreja: "Vós sois a luz do mundo" (Mateus 5:14), a menos que seus membros estejam realmente comunicando luz? TS3 46 4 Despertem e compreendam seu dever os que estão encarregados do rebanho de Cristo, e ponham muitas almas a trabalhar. Despertem as igrejas TS3 46 5 Logo ocorrerão mudanças peculiares e rápidas, e o povo de Deus será revestido do Espírito Santo, de forma que, com sabedoria celeste, enfrente as emergências desta época e neutralize ao máximo possível a influência desmoralizadora do mundo. Se a igreja não estiver dormindo, se os seguidores de Cristo vigiarem e orarem, poderão possuir entendimento para compreender e avaliar as tramas do inimigo. TS3 46 6 O fim está próximo! Deus convida a igreja a pôr em ordem as coisas permanentes. Vós, que sois cooperadores de Deus, sois capacitados por Deus para levar outros convosco para o reino. Deveis ser agentes vivos de Deus, condutos de luz para o mundo, e circundando-vos há anjos celestes comissionados por Cristo para vos suster, fortalecer e amparar no trabalho em prol da salvação de almas. TS3 47 1 Apelo para as igrejas em cada Associação: Mantende-vos separados e diferentes do mundo -- no mundo, mas não lhe pertencendo, refletindo os brilhantes raios do Sol da justiça, sendo puros, santos e imaculados e, com fé, levando luz a todos os caminhos e valados da Terra. TS3 47 2 Estejam despertas as igrejas antes que seja tarde demais. Promova cada membro o seu trabalho pessoal, e honre o nome do Senhor pelo qual é chamado. Que a fé firme e a zelosa piedade tomem o lugar da ociosidade e descrença. Quando a fé se apossa de Cristo, a verdade deleitará a alma, e a prática da religião não será árida nem enfadonha. As vossas reuniões sociais agora insípidas e sem vida, serão vitalizadas pelo Espírito Santo; diariamente, ao praticardes o cristianismo que professais, tereis rica experiência. Converter-se-ão pecadores. Eles serão enternecidos pela palavra da verdade, e, como alguns dos que ouviram os ensinos de Cristo, dirão: "Vimos e ouvimos coisas maravilhosas hoje." TS3 47 3 Em vista do que poderia ser feito se a igreja assumisse as responsabilidades que Deus lhe impõe, dormirão os seus membros ou despertarão para o senso da honra que lhes é conferida através da misericordiosa providência de Deus? Ajuntarão o que lhes foi confiado por hereditariedade, valer-se-ão da luz presente, e sentirão a necessidade de erguerem-se para enfrentar a necessidade urgente que agora se apresenta? Oh! possam todos despertar e manifestar para o mundo que a fé que possuem é viva, que o mundo tem perante si um desfecho vital, que Jesus logo virá. Vejam os homens que cremos estar nos umbrais do mundo eterno. TS3 47 4 A edificação do reino de Deus é retardada ou apressada segundo seja a infidelidade ou fidelidade dos instrumentos humanos. O trabalho é prejudicado pela falta de cooperação do humano com o divino. Podem os homens orar: "Venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu" (Mateus 6:10), mas se deixam de pôr em prática na vida essa oração, suas petições serão infrutíferas. TS3 47 5 Mas conquanto sejais fracos, errantes e pecadores, o Senhor vos faz o oferecimento de serdes coobreiros Seus. Convida-vos para serdes participantes da instrução divina. Unindo-vos com Cristo, podeis realizar as obras de Deus. "Sem Mim", disse Cristo, "nada podereis fazer." João 15:5. TS3 48 1 Por meio do profeta Isaías, é feita a promessa: "A tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda." Isaías 58:8. A justiça de Cristo é que vai adiante de nós, e esta é a glória do Senhor que deve ser a nossa retaguarda. Vós, igrejas do Deus vivo, estudai esta promessa, e meditai em como a vossa falta de fé, de espiritualidade, de divino poder, está impedindo a vinda do reino de Deus. Se vos empenhásseis no trabalho de Cristo, os anjos de Deus iriam adiante de vós, preparando corações para receberem o evangelho. Se cada um de vós fosse um missionário vivo, a mensagem para este tempo seria celeremente proclamada em todos os países, a cada povo, e nação, e língua. Este é o trabalho que precisa ser feito antes que Cristo venha com poder e grande glória. Convido a igreja a orar ferventemente para que reconheçais as vossas responsabilidades. Sois vós individualmente coobreiros de Deus? Se não, por que não? Quando pensais fazer a parte que vos foi designada pelo Céu? ------------------------Capítulo 8 -- Auxílio para os campos missionários TS3 48 2 O autor da nossa salvação será o consumador da obra. Uma verdade recebida no coração fará lugar para outra mais. E a verdade, sempre que recebida, porá em ação as faculdades do seu recebedor. Quando os membros das nossas igrejas amarem verdadeiramente a Palavra de Deus, revelarão as melhores e mais fortes qualidades; e quanto mais nobres forem, espírito mais infantil terão, crendo na Palavra de Deus e afastando todo o egoísmo. TS3 48 3 Uma torrente de luz resplandece da Palavra de Deus, e devemos reconhecer as oportunidades negligenciadas. Quando todos formos fiéis na devolução a Deus dos Seus dízimos e ofertas, abrir-se-á o caminho para que o mundo ouça a mensagem para este tempo. Se o coração do povo de Deus estiver cheio de amor a Cristo; se cada membro da igreja estiver cabalmente imbuído do espírito de abnegação; se todos manifestarem fervor intenso, não faltarão recursos para as missões. Nossos recursos serão multiplicados; mil portas de utilidade se abrirão, e seremos convidados a por elas entrar. Caso houvesse sido executado o propósito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericórdia, Cristo já teria vindo à Terra e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus. TS3 49 1 Se já houve tempo em que devam ser feitos sacrifícios, esse é agora. Os que têm dinheiro devem compreender que agora é o tempo de empregá-lo para Deus. Não se absorvam recursos para multiplicar as instalações onde a obra já está estabelecida. Não se acrescente edifício a edifício onde já foram concentrados muitos interesses. Empreguem-se os recursos na formação de centros em campos novos. Podereis, assim, ganhar almas que desempenharão sua parte em produzir. TS3 49 2 Pensai em nossas missões em países estrangeiros. Algumas delas estão lutando para estabilizar-se; estão privadas mesmo das instalações mais precárias. Em vez de aumentar as instalações já abundantes, edificai a obra nesses campos necessitados. Repetidamente tem o Senhor falado a esse respeito. Sua bênção não pode acompanhar o Seu povo, se despreza a Sua instrução. Economia em casa TS3 49 3 Praticai a economia em vossa casa. Muitos estão acariciando e adorando ídolos. Abandonai os vossos ídolos. Renunciai aos vossos prazeres egoístas. Rogo-vos que não empregueis recursos no embelezamento de vossas casas; porque é dinheiro de Deus, e Ele tornará a pedi-lo de vós. Pais, por amor de Cristo não empregueis o dinheiro do Senhor na condescendência com as fantasias de vossos filhos. Não os ensineis a buscar a moda e a ostentação, a fim de alcançarem influência no mundo. Dispô-los-á isso para salvarem as almas por quem Cristo morreu? Não; suscitará inveja, ciúme e más suspeitas. Vossos filhos serão induzidos a competir com a ostentação e extravagância do mundo, e a gastar o dinheiro do Senhor no que não é essencial para a saúde ou a felicidade. TS3 49 4 Não ensineis vossos filhos a pensarem que vosso amor a eles deva manifestar-se pela satisfação do seu orgulho, prodigalidade e amor à ostentação. Não há tempo agora para idear maneiras de gastar o dinheiro. Empregai as vossas faculdades inventivas para tratar de economizá-lo. Em vez de satisfazer a inclinação egoísta, gastando o dinheiro em coisas que destruam as faculdades do raciocínio, estudai como praticar a abnegação, a fim de terdes algo que inverter para desfraldar o estandarte da verdade nos campos novos. O intelecto é um talento; usai-o para estudar como melhor empregar vossos recursos na salvação das almas. TS3 49 5 Ensinai vossos filhos que Deus tem direito sobre tudo quanto possuem, direito que nada pode jamais abolir; qualquer coisa que tenham só lhes pertence como legado de confiança, como prova de sua obediência. Inspirai-lhes a ambição de ganhar estrelas para a sua coroa, fazendo-os ganhar muitas almas, do pecado para a justiça. TS3 50 1 O dinheiro é um tesouro necessário; não deve ser prodigalizado a quem dele não necessita. Alguns precisam de vossos donativos voluntários. Com demasiada freqüência, os que têm recursos deixam de considerar quantos no mundo há que têm fome e sofrem por falta de alimento. Talvez digam: "Eu não os posso alimentar a todos." Mas praticando as lições de economia, dadas por Cristo, podeis alimentar um. Talvez alimenteis muitos que têm fome do alimento temporal; e podeis alimentar-lhes a alma com o pão da vida. "Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca." João 6:12. Estas palavras foram proferidas por Aquele que tinha ao Seu dispor todos os recursos do Universo; embora o Seu poder miraculoso haja fornecido alimento para milhares, Ele não desprezou o ensino de uma lição de economia. Tempo, força e dinheiro TS3 50 2 Praticai a economia no emprego de vosso tempo. Ele pertence ao Senhor. Vossa força é do Senhor. Se tendes hábitos extravagantes, eliminai-os de vossa vida. Hábitos tais, se seguidos, ocasionarão a vossa bancarrota para toda a eternidade. E os hábitos de economia, atividade e sobriedade, mesmo neste mundo, são para vós e para vossos filhos melhor do que um rico dote. TS3 50 3 Somos viajantes, peregrinos e estrangeiros na Terra. Não gastemos os nossos recursos na satisfação dos desejos que Deus nos ordena reprimir. Ao contrário, demos o devido exemplo a quantos conosco se associam. Representemos devidamente nossa fé, restringindo nossos desejos. Levantem-se as igrejas como um só homem, e trabalhem ardorosamente como quem anda à plena luz da verdade para estes últimos dias. Que a vossa influência impressione as almas com o caráter sagrado dos reclamos de Deus. TS3 50 4 Se pela providência divina vos foram concedidas riquezas, não vos conformeis com o pensamento de que não precisais dedicar-vos a um trabalho útil, que tendes bastante e podeis comer, beber e alegrar-vos. Não permaneçais ociosos enquanto outros estão lutando para obter recursos para a Causa. Invertei os vossos recursos na obra do Senhor. Se fazeis menos que o vosso dever para ajudar os que perecem, lembrai-vos de que ao serdes indolentes incorreis em culpa. TS3 50 5 Deus é quem dá aos homens a faculdade de adquirirem riqueza, e Ele não concedeu essa faculdade como meio de satisfazer o egoísmo, mas como meio de devolver ao Senhor o que Lhe pertence. Com esse objetivo em vista, não é pecado adquirir riqueza. O dinheiro deve ser ganho com trabalho. A todo jovem devem ser ensinados hábitos de laboriosidade. A Bíblia a ninguém condena por ser rico, se adquiriu honestamente a sua riqueza. O amor egoísta do dinheiro, mal empregado, é que constitui a raiz de todo o mal. A riqueza será uma bênção se a considerarmos pertencente ao Senhor, para ser recebida com agradecimento e, com agradecimento, devolvida ao Doador. TS3 51 1 Mas que valor possui a riqueza mais avultada, se amontoada em custosas mansões ou em títulos bancários? Que valor têm essas coisas, em comparação com a salvação de uma alma por quem morreu o Filho do infinito Deus? TS3 51 2 Aos que amontoaram riqueza para os últimos dias, o Senhor declara: "As vossas riquezas estão apodrecidas, e os vossos vestidos estão comidos da traça. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne." Tiago 5:2, 3. TS3 51 3 Ordena-nos o Senhor: "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos Céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração. Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, lhe abram a porta imediatamente. TS3 51 4 Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que Se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-Se, os servirá. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos. Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais." Lucas 12:33-40. ------------------------Capítulo 9 -- O direito conferido pela redenção TS3 52 1 Os dízimos e ofertas dados a Deus são um reconhecimento do direito que Deus sobre nós tem pela criação, bem como o reconhecimento desse mesmo direito que a Deus assiste pela nossa redenção. Pelo fato de todas as nossas capacidades provirem de Cristo, tais ofertas devem reverter de nós para Ele. Devem lembrar-nos sempre o direito que a Deus confere a nossa redenção, o maior de todos os direitos, e que inclui todos os demais. A compreensão do sacrifício feito por nós deve conservar-se viva em nossa mente, e exercer sempre influência sobre nossos pensamentos e planos. Cristo é, com efeito, como Alguém que está crucificado entre nós. TS3 52 2 Não sabeis que "não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço". 1 Coríntios 6:19, 20. Que preço elevadíssimo foi esse que Deus por nós pagou! Olhai para a cruz e para a vítima nela dependurada. Olhai para aquelas mãos traspassadas de cravos e para aqueles pés pregados no madeiro. Cristo levou em Seu próprio corpo o nosso pecado. Aquele sofrimento, aquela agonia, representa o preço de nossa redenção. Do trono de Deus partiu a ordem: "Livra-os para que não desçam à perdição, porque achei uma propiciação." O reconhecimento do amor de Deus TS3 52 3 Não sabeis que Ele nos amou e Se deu a Si mesmo por nós, para que em troca nos entregássemos a Ele? Por que não há de o amor de Cristo ser manifestado pelos que O recebem pela fé, do mesmo modo que o Seu amor nos foi manifestado a nós, por quem Ele morreu? TS3 52 4 Cristo é representado como Se afligindo e buscando a ovelha perdida. Seu amor nos envolve e reconduz ao redil. Seu amor nos confere o privilégio de com Ele assentar-nos nos lugares celestiais. Quando o Sol da Justiça nos alumia a alma, e com paz e doce alegria repousamos no Senhor, louvemo-Lo então; louvemos a quem é a salvação de nossa face e nosso Deus. Louvemo-Lo, não só por nossas palavras, mas consagrando-Lhe tudo que somos e possuímos. TS3 52 5 "Quanto deves ao meu Senhor?" Lucas 16:5. Calculá-lo não vos será possível. Se tudo quanto tendes é dEle, negareis o que de vós pede? Se Ele o requer, quereis apertá-lo egoistamente entre as mãos? Quereis retê-lo e aplicá-lo noutro fim qualquer, menos no de salvar almas? Deste modo é que milhares de almas se perdem. Como poderíamos melhor manifestar nossa apreciação do sacrifício de Deus, de Sua grande dádiva ao mundo, do que fazendo doações e ofertas, com louvor e ação de graças, pelo grande amor com que nos amou e nos atrai para Si? TS3 53 1 Olhando para o Céu com espírito de súplica, apresentai-vos a Deus como Seus servos, e com tudo quanto tendes como pertencendo-Lhe, e dizei: "Tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos." 1 Crônicas 29:14. Contemplando a cruz do Calvário, e o Filho do Deus infinito nela dependurado; considerando esse amor sem mácula e essa maravilhosa manifestação de Sua graça, ansiosamente perguntai: "Senhor, que queres que eu faça?" Atos dos Apóstolos 9:6. Ele o disse: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Marcos 16:15. TS3 53 2 E quando no reino de Deus virdes almas que foram salvas pelos vossos dons e vosso trabalho, porventura não se rejubilará vosso coração pelo privilégio de haverdes podido realizar tal obra? TS3 53 3 Acerca dos apóstolos de Cristo, está escrito: "E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os seguiram." Marcos 16:20. Ainda o Universo de Deus espera por instrumentos humanos pelos quais a maré da graça celestial se possa derramar por todo o mundo. O mesmo poder que operou pelos apóstolos está pronto para assistir aos que se dispõem a fazer a obra de Deus. TS3 53 4 O inimigo empregará toda a astúcia de que é capaz a fim de impedir que a luz resplandeça em lugares novos. Ele não quer que a verdade brilhe como tocha. Quererão os irmãos consentir em que seus planos de estorvar a obra logrem resultado? O tempo passa rapidamente TS3 53 5 O tempo rapidamente está beirando a eternidade. Quererá alguém sonegar ainda ao Senhor aquilo que Lhe pertence? Quererá alguém recusar-Lhe aquilo que, conquanto possa ser dado sem mérito, não pode ser retido sem ruína? O Senhor nos deu a cada um a sua obra, e os santos anjos de Deus esperam que a façamos. Se trabalhardes orando e vigiando, eles estão prontos a assistir-vos em tudo. Quando a inteligência é iluminada do Espírito Santo, todas as inclinações cooperarão unidas na realização da divina vontade. Então o homem dará a Deus o que é Seu, dizendo: "Todas as coisas nos vêm de Ti, e daquilo que é Teu liberalmente Te oferecemos." Oxalá o Senhor perdoe ao Seu povo, por não haver feito isso! Irmãos e irmãs, esforcei-me por vos apresentar as coisas como são, mas a tentativa ficará sempre aquém da realidade. Quereis rejeitar a minha exortação? Não sou eu quem está apelando para vós; é o Senhor Jesus, que deu Sua vida pelo mundo. Eu somente cumpro a ordem de Deus. Quereis aproveitar a vossa oportunidade de honrar a causa de Deus, e respeitar Seus servos, por Ele enviados para cumprirem Sua vontade, guiando as almas para o Céu? TS3 53 6 "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, superabundeis em toda boa obra, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, Aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus. Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a Deus, visto como, na prova desta administração, glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles e para com todos, e pela sua oração por vós, tendo de vós saudades, por causa da excelente graça de Deus que em vós há. Graças a Deus, pois, pelo Seu dom inefável." 2 Coríntios 9:6-15. TS3 54 1 Os que estão egoistamente retendo os seus recursos não deverão surpreender-se se a mão de Deus espalhar. O que deveria haver sido dedicado ao progresso do trabalho e da causa de Deus, mas foi retido, poderá ser confiado a um filho imprudente, e ele poderá esbanjá-lo. Um cavalo magnífico, orgulho de um coração frívolo, pode ser encontrado morto na estrebaria. Ocasionalmente pode morrer uma vaca. Poderá ocorrer perda de frutas ou outras culturas. O Senhor poderá espalhar os recursos que confiou aos Seus mordomos, caso se recusem a usá-lo para a Sua glória. Alguns, eu vi, poderão não sofrer nenhum desses prejuízos que lhes façam lembrar as negligências do dever, mas o seu caso poderá ser o mais desesperançado. -- Testemunhos Para a Igreja 2:661, 662. ------------------------Capítulo 10 -- Trabalho para os membros da igreja TS3 55 1 Temos uma mensagem do Senhor para levar ao mundo -- mensagem que deve ser apresentada na abundante plenitude do poder do Espírito. Vejam os nossos pastores a necessidade de procurar salvar os perdidos. Apelos diretos devem ser feitos aos inconversos. "Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?" perguntaram os fariseus aos discípulos de Cristo. E o Salvador respondeu: "Eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." Mateus 9:11, 13. Esta é a obra que Ele nos deu. E nunca houve dela maior necessidade do que presentemente. TS3 55 2 Deus não confiou aos pastores o trabalho de estarem pondo em harmonia as igrejas. Tão depressa se acha aparentemente realizado esse serviço, tem que ser feito de novo. Membros da igreja que são atendidos e ajudados deste modo, tornam-se fracalhões religiosos. Se nove décimos do esforço que se tem empregado em favor dos que conhecem a verdade, houvessem sido empregados em prol dos que dela nunca ouviram, quanto maior teria sido o avanço realizado! Deus tem retido Suas bênçãos porque Seu povo não tem trabalhado em harmonia com as Suas diretrizes. TS3 55 3 Enfraquece os que já conhecem a verdade o gastarem nossos pastores com eles tempo e talento que deveriam dedicar aos inconversos. Em muitas de nossas igrejas nas cidades, o pastor prega sábado após sábado e, sábado a sábado os membros vão à casa de Deus sem palavras que dizer sobre bênçãos recebidas em resultado das que comunicaram. Não trabalharam durante a semana pondo em prática as instruções que lhes foram dadas no sábado. Enquanto os membros da igreja não fizerem esforços para dar aos outros o auxílio que lhes é dado, tem que resultar disso grande debilidade espiritual. TS3 55 4 O maior auxílio que se pode prestar a nosso povo, é ensiná-lo a trabalhar para Deus e a nEle confiar, e não nos pastores. Aprendam a trabalhar como Cristo trabalhou. Unam-se ao Seu exército de obreiros, e façam por Ele trabalho fiel. TS3 55 5 Ocasiões há em que convém fazerem os nossos pastores, no sábado, em nossas igrejas, breves discursos, cheios de vida e do amor de Cristo. Os membros da igreja não devem, porém, esperar um sermão cada sábado. TS3 55 6 Lembremo-nos de que somos peregrinos e estrangeiros na Terra, e que buscamos uma Terra melhor, isto é, a celestial. Trabalhemos com fervor e devoção tais que pecadores sejam atraídos a Cristo. Os que se uniram ao Senhor em concerto de serviço, acham-se sob obrigação de a Ele se unir também na grande, sublime obra de salvar almas. Durante a semana, façam os membros da igreja fielmente sua parte e, no sábado, relatem sua experiência. A reunião será então como alimento em tempo oportuno, comunicando a todos os presentes vida nova e renovado vigor. Ao ver o povo de Deus a grande necessidade de trabalhar como Cristo trabalhou pela conversão de pecadores, os testemunhos por eles apresentados no culto do sábado estarão cheios de poder. Com alegria contarão a preciosa experiência que alcançaram em trabalho pelos outros. Organizar para o serviço TS3 56 1 Nossos pastores não devem gastar seu tempo trabalhando pelos que já aceitaram a verdade. Com o amor de Cristo a arder-lhes no coração, devem pôr-se a ganhar almas para o Salvador. Junto a todas as águas devem eles lançar as sementes da verdade. Um lugar após outro deve ser visitado; uma igreja após outra, ser estabelecida. Os que se põem do lado da verdade devem ser organizados em igrejas, e então, deve o pastor passar a outros campos igualmente importantes. TS3 56 2 Logo que seja organizada uma igreja, ponha o pastor os membros a trabalharem. TS3 56 3 Terão eles que ser ensinados a trabalhar com êxito. Dedique o pastor mais tempo para educar do que para pregar. Ensine ao povo a maneira de transmitir aos outros o conhecimento que receberam. Se bem que os novos conversos devam ser ensinados a pedir conselho dos mais experientes na obra, devem ao mesmo tempo ser ensinados a não colocar o pastor em lugar de Deus. Os pastores são apenas seres humanos, homens rodeados de fraquezas. Cristo é Aquele de quem devemos esperar guia. "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, ... cheio de graça e de verdade." "E todos nós recebemos também da Sua plenitude, e graça por graça." João 1:14, 16. TS3 56 4 O poder do evangelho deve sobrevir aos grupos já formados de crentes, habilitando-os para o serviço. Alguns dos novos conversos serão de tal modo cheios do poder de Deus que se porão imediatamente a trabalhar. Trabalharão com tanta diligência que não terão tempo nem vontade de enfraquecer as mãos de seus irmãos com críticas descorteses. Seu único desejo será levarem a verdade às regiões que lhes estão à frente. TS3 56 5 O Senhor me apresentou a obra que há por fazer-se em nossas cidades. Os crentes nessas cidades podem trabalhar por Deus na vizinhança de seus lares. Devem trabalhar calmamente e com humildade, levando consigo, aonde quer que forem, a atmosfera do Céu. Se deixarem fora de vista o próprio eu, apontando sempre para Cristo, haverá de sentir-se o poder de sua influência. TS3 56 6 Quando o obreiro se entrega sem reservas ao serviço do Senhor, ganha uma experiência que o habilita para trabalhar para seu Mestre com êxito cada vez maior. A influência que o atraiu para Cristo, ajuda-o a atrair outros. Poderá nunca ser-lhe confiada a obra de orador público, mas nem por isso deixa de ser ministro de Deus; e sua obra testifica ser ele nascido de Deus. TS3 57 1 Não é o desígnio do Senhor que se deixe aos pastores a maior parte da obra de semear a semente da verdade. Homens que não são chamados para o ministério, devem ser animados a trabalhar pelo Mestre segundo suas várias aptidões. Centenas de homens e mulheres agora ociosos poderiam fazer obra digna de aceitação. Levando a verdade à casa de seus amigos e vizinhos, poderiam fazer grande obra para o Mestre. Deus não faz acepção de pessoas. Servir-Se-á Ele de cristãos humildes e dedicados, mesmo que não tenham recebido instrução tão completa quanto alguns outros. Empenhem-se em serviço para Deus, fazendo trabalho de casa em casa. Assentados na intimidade do lar poderão -- se forem humildes, discretos e piedosos -- fazer mais para satisfazer as reais necessidades das famílias, do que o faria um ministro ordenado. TS3 57 2 Por que não sentem os crentes preocupação mais profunda, mais fervorosa pelos que estão afastados de Cristo? Por que não se reúnem dois ou três e instam com Deus pela salvação de determinada pessoa, e, em seguida, doutra? Formemos em nossas igrejas grupos para o serviço. Unam-se vários membros para trabalhar como pescadores de homens. Procurem arrebatar almas, da corrupção do mundo, para a salvadora pureza do amor de Cristo. TS3 57 3 A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. Se há na igreja grande número de membros, convém que se organizem em pequenos grupos a fim de trabalhar, não somente pelos membros da própria igreja, mas também pelos incrédulos. Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros. Mantenham indissolúvel seu laço de união, apegando-se uns aos outros com amor e unidade, animando-se mutuamente para avançar, adquirindo cada qual ânimo e força do auxílio dos outros. Manifestem eles paciência e longanimidade cristãs, não proferindo palavras precipitadas, mas empregando o talento da palavra para edificar-se uns aos outros na mais santa fé. Trabalhe com amor cristão pelos que se acham fora do redil, esquecendo-se a si mesmos no empenho de ajudar outros. Ao trabalharem e orarem em nome de Cristo, seu número aumentará, pois diz o Salvador: "Se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos Céus." Mateus 18:19. Os lugares desertos da terra TS3 58 1 Com humilde confiança em Deus, devem as famílias estabelecer-se nos lugares desertos de Sua vinha. Consagrados homens e mulheres são necessitados para estar como árvores frutíferas de justiça nos lugares desertos da Terra. Como recompensa de seus abnegados esforços para semear as sementes da verdade, haverão de segar colheita farta. Ao visitarem uma família após outra, abrindo as Escrituras aos que jazem em trevas espirituais, muitos corações serão tocados. TS3 58 2 Nos campos onde as condições são tão desfavoráveis e desanimadoras que muitos obreiros se recusam a ir para lá, maiores transformações no sentido do melhoramento se poderiam efetuar pelos esforços de abnegados membros leigos. Esses humildes obreiros produzirão muito, pois desenvolvem pacientes e perseverantes esforços, não confiando na capacidade humana, mas em Deus, que lhes concede Seu favor. A soma de bem que esses obreiros realizam jamais será conhecida neste mundo. Missionários por conta própria TS3 58 3 Missionários que trabalham por conta própria são muitas vezes muito bem-sucedidos. Começando de modo pequeno e humilde, seu trabalho amplia-se à medida que prossegue, sob a guia do Espírito de Deus. Comecem dois ou mais juntos, a fazer trabalho evangélico. Talvez não recebam dos que se acham à testa da obra, nenhum incentivo especial quanto a ser-lhes concedido auxílio financeiro; não obstante, prossigam eles, orando, cantando, ensinando, vivendo a verdade. Poderão empenhar-se em colportar, e deste modo introduzir a verdade em muitas famílias. Ao prosseguirem em sua obra, adquirirão abençoada experiência. São humilhados pela intuição de seu desamparo, mas o Senhor vai à frente deles, e entre ricos e pobres encontram favor e auxílio. Até a pobreza desses dedicados missionários é um meio de encontrar acesso ao povo. Ao seguirem seu caminho, são ajudados de muitas maneiras por aqueles a quem levam alimento espiritual. Levam a mensagem que Deus lhes dá, e seus esforços são coroados de êxito. Serão levados ao conhecimento da verdade muitos que, não fossem esses humildes ensinadores, não teriam sido jamais ganhos para a verdade. TS3 58 4 Deus chama obreiros que entrem na seara madura. Deveremos esperar porque a tesouraria está exausta, porque escasseia o sustento dos obreiros que já se acham no campo? Prossegui com fé, e Deus estará convosco. A promessa é: "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará sem dúvida com alegria, trazendo consigo os seus molhos." Salmos 126:6. TS3 59 1 Nada é de tão bom efeito quanto o êxito. Alcança-se este, pelo esforço perseverante, e a obra irá avante. Novos campos se abrirão. Muitas almas serão levadas ao conhecimento da verdade. O de que se precisa é mais fé em Deus. TS3 59 2 Nosso povo recebeu grande luz; contudo, grande parte dos esforços ministeriais tem sido empregada com as igrejas, ensinando os que deveriam ser professores eles mesmos; iluminando os que deveriam ser "a luz do mundo" (Mateus 5:14); regando aqueles dos quais deveriam brotar rios de água viva; enriquecendo os que poderiam ser minas de preciosa verdade; repetindo o convite evangélico aos que, espalhados nas partes mais remotas da Terra, deveriam estar dando a mensagem do Céu aos que a não ouviram ainda; alimentando os que deveriam estar nos caminhos e valados, fazendo o convite: "Vinde, que já tudo está preparado." Lucas 14:17. TS3 59 3 Jamais são frios e desanimados aqueles para quem foram despedaçados os grilhões do pecado e de coração contrito buscaram o Senhor e obtiveram resposta ao seu ansioso pedido de justiça. Têm o coração cheio de abnegado amor aos pecadores. Lançam para longe de si toda ambição profana, todo egoísmo. O contato com as coisas profundas de Deus torna-os cada vez mais semelhantes ao seu Salvador. Exultam em Seus triunfos; enchem-se de Seu regozijo. Dia a dia crescem, até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo. ------------------------Capítulo 11 -- A obra nas cidades TS3 59 4 Sonhei que vários irmãos nossos estavam reunidos em concílio, estudando planos de trabalho para esta época do ano. julgavam preferível não penetrar nas cidades grandes, mas começar pelas localidades pequenas, distantes das cidades; aí encontrariam menos oposição da parte do clero e evitariam despesas avultadas. Arrazoavam que, sendo em pequeno número, nossos pastores não poderiam ser dispensados para instruir nas cidades os que ali aceitassem a verdade, e cuidar deles, e que, por motivo da maior oposição que ali encontrariam, iriam precisar de mais auxílio do que em igrejas de pequenas localidades rurais. Deste modo, em grande parte se perderia o fruto de uma série de conferências na cidade. TS3 60 1 Ainda se insistiu em que, em vista de serem escassos os nossos recursos, e das muitas alterações causadas pelas mudanças que seriam de esperar-se numa igreja de cidade grande, seria difícil formar uma igreja que fosse um auxílio para a causa. Meu esposo instava com os irmãos para que traçassem sem demora planos mais amplos, e empregassem, em nossas cidades grandes, esforços extensos e completos, que melhor correspondessem ao caráter de nossa mensagem. Um obreiro relatou incidentes de sua experiência nas cidades, mostrando que fora um quase fracasso, ao passo que apresentara melhor êxito nas localidades pequenas. TS3 60 2 Um Ser de dignidade e autoridade -- presente a todas as nossas reuniões de comissões -- escutava com o mais profundo interesse todas as palavras. Falou deliberadamente, e com perfeita segurança: "O mundo todo", disse, "é a grande vinha de Deus. As cidades e vilas constituem parte dessa vinha. Elas têm que ser atingidas. Satanás buscará interpor-se e desanimar os obreiros, para impedi-los de apresentar a mensagem de luz e advertência nos lugares mais importantes, assim como nos mais remotos. Empregará esforços desesperados para levar o povo a voltar-se da verdade para a falsidade. Anjos do Céu são enviados para cooperar com os esforços dos mensageiros de Deus na Terra. Os pastores devem encorajar-se e manter fé e esperança inabaláveis, como o fez Cristo, seu Chefe vivo. Têm que conservar-se perante Deus, humildes e de coração contrito." Planos mais amplos TS3 60 3 Deus pretende que Sua Palavra, com suas mensagens de advertência e encorajamento, atinja os que jazem em trevas e desconhecem a nossa fé. Ela deve ser dada a todos, e ser-lhes-á um testemunho, quer lhe dêem ouvidos, quer a rejeitem. Não julgueis que sobre vós recaia a responsabilidade de convencer e converter os ouvintes. O poder de Deus, unicamente, é capaz de abrandar o coração. Deveis expor a Palavra da vida, para que todos, se o quiserem, tenham a oportunidade de receber a verdade. Se voltarem as costas à verdade de origem celestial, ela lhes será a condenação. TS3 60 4 Não devemos ocultar a verdade nos recantos da Terra. Ela deve ser proclamada; deve brilhar em nossas grandes cidades. Cristo, em Seus trabalhos, Se punha à margem do lago e nas grandes estradas de maior tráfego, onde encontrava pessoas de todas as partes do mundo. Ele emitia a luz verdadeira; semeava a semente do evangelho; resgatava a verdade de sua mistura com o erro, apresentando-a em sua original simplicidade e clareza, de modo a que os homens a pudessem compreender. TS3 61 1 O Mensageiro celestial que conosco estava, disse: "Não percais nunca de vista o fato de que a mensagem de que sois portadores é mundial. Deve ela ser dada a todas as cidades, a todas as vilas; deve ser proclamada nos caminhos e valados. TS3 61 2 Não deveis limitar a proclamação da mensagem." Na parábola do semeador, Cristo apresentou uma ilustração de Sua própria obra e da de Seus servos. A semente caiu sobre toda espécie de terra. Alguma caiu sobre solo estéril, contudo, nem por isso deixou o semeador de trabalhar. Vós deveis lançar a semente da verdade em todos os lugares. Onde quer que alcanceis entrada, exponde a Palavra de Deus. Semeai sobre todas as águas. Talvez não vejais logo o resultado de vossos labores, mas não desanimeis. Falai as palavras que Cristo vos dá. Trabalhai de acordo com os Seus planos. Ide por toda parte, como fazia Ele em Seu ministério na Terra. TS3 61 3 O Redentor do mundo tinha muitos ouvintes, mas poucos seguidores. Noé pregou ao povo cento e vinte anos antes do dilúvio, e contudo bem poucos souberam dar valor a esse precioso tempo de graça. Exceto Noé e sua família, ninguém mais foi contado entre os crentes, nem entrou na arca. De todos os habitantes da Terra, somente oito almas aceitaram a mensagem; mas aquela mensagem condenou o mundo. A luz foi dada para que cressem, a rejeição da luz valeu-lhes a ruína. Nossa mensagem para o mundo será um cheiro de vida para todos quantos a aceitarem, e de condenação para todos os que a rejeitarem. TS3 61 4 O Mensageiro Se volveu para um dos presentes, e disse: "Vossas idéias acerca do trabalho para este tempo, são demasiadamente acanhadas. Vossa luz não deve limitar-se a um espaço pequeno, nem ser posta debaixo do alqueire ou da cama; deve ser posta no castiçal, para que produza claridade para todos quantos estão na casa de Deus -- o mundo. Deveis ter mais ampla concepção da obra, do que a que assumistes." ------------------------Capítulo 12 -- O culto doméstico TS3 62 1 Se houve um tempo em que cada casa deve ser uma casa de oração, é hoje. Prevalecem a incredulidade e o ceticismo. Predomina a iniqüidade. A corrupção penetra nas correntes vitais da alma, e irrompe na vida a rebelião contra Deus. Escravas do pecado, as faculdades morais estão sob a tirania de Satanás. A alma torna-se o joguete de suas tentações; e a menos que se estenda um braço poderoso para o salvar, o homem passa a ser dirigido pelo arqui-rebelde. TS3 62 2 Contudo, neste tempo de terrível perigo, alguns que professam ser cristãos não celebram culto doméstico. Não honram a Deus no lar; não ensinam os filhos a amá-Lo e temê-Lo. Muitos se afastaram tanto dEle que se sentem sob condenação ao dEle se aproximar. Não podem chegar-se "com confiança ao trono da graça" (Hebreus 4:16), "levantando mãos santas, sem ira nem contenda". 1 Timóteo 2:8. Não desfrutam viva comunhão com Deus. Têm a forma de piedade, sem o poder. TS3 62 3 A idéia de que a oração não seja prática essencial é uma das mais bem-sucedidas armadilhas de Satanás para destruir almas. Oração é comunhão com Deus, a Fonte da sabedoria, o manancial de poder, paz e felicidade. Jesus orava ao Pai "com grande clamor e lágrimas". Hebreus 5:7. Paulo exorta os crentes a orarem "sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17), fazendo em tudo conhecidos os seus pedidos a Deus, em orações e súplicas, com ações de graças. "Orai uns pelos outros", diz Tiago; "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos". Tiago 5:16. TS3 62 4 Pela sincera e fervorosa oração devem os pais construir um muro em torno dos filhos. Devem suplicar, com plena fé, que Deus entre eles habite, e santos anjos os guardem, a eles e aos filhos, do poder cruel de Satanás. TS3 62 5 Em cada família deve haver um tempo determinado para os cultos matutino e vespertino. Que apropriado é reunirem os pais em redor de si aos filhos, antes de quebrar o jejum, agradecer ao Pai celeste Sua proteção durante a noite e pedir-Lhe auxílio, guia e proteção para o dia! Que adequado, também, em chegando a noite, é reunirem-se uma vez mais em Sua presença, pais e filhos, para agradecer as bênçãos do dia findo! TS3 62 6 O pai e, em sua ausência, a mãe, deve dirigir o culto, buscando um trecho das Escrituras que seja interessante e de fácil compreensão. Convém que o culto seja breve. Se for lido um capítulo extenso e feita oração longa, o culto torna-se cansativo e, ao terminar, tem-se sensação de alívio. Deus é desonrado quando a hora de adoração se torna insípida e enfadonha, quando é tão tediosa, tão destituída de interesse que as crianças lhe têm horror. Tornar interessante o culto TS3 63 1 Pais e mães, tornai a hora do culto intensamente interessante. Não há razão para que essa hora não deva ser a mais agradável e jubilosa do dia. Algum preparo para ela, habilitar-vos-á para torná-la cheia de interesse e proveito. De tempos a tempos introduzi variação. Podem-se formular perguntas sobre a porção lida e fazer algumas sérias e oportunas observações. Pode-se cantar um hino de louvor. A oração feita deve ser breve e concisa. Com palavras simples e fervorosas, a pessoa que faz a oração louve a Deus por Sua bondade e peça-Lhe auxílio. Tomem parte as crianças na leitura e na oração, quando o permitirem as circunstâncias. TS3 63 2 A eternidade, somente, revelará o bem de que estão revestidos esses períodos de oração. TS3 63 3 A vida de Abraão, o amigo de Deus, era uma vida de oração. Onde quer que armasse sua tenda, junto dela construía um altar, sobre o qual oferecia os sacrifícios da manhã e da tarde. Ao remover a tenda, o altar ficava. E o errante cananeu, ao chegar àquele altar, sabia quem ali estivera. Depois de armar a tenda, consertava-o e adorava o Deus vivo. TS3 63 4 Assim devem os lares cristãos ser luzes no mundo. Manhã e noite devem deles ascender a Deus, orações como incenso suave. E como o orvalho matutino, Suas misericórdias e bênçãos descerão sobre os suplicantes. TS3 63 5 Pais e mães: Cada manhã e noite, reuni ao redor de vós os filhos, e com humilde petição elevai a Deus o coração, suplicando-Lhe auxílio. Vossos queridos acham-se expostos à tentação. Contratempos diários juncam o caminho de jovens e velhos. Os que quiserem viver vida paciente, amorosa e alegre, precisam orar. Só recebendo auxílio constante de Deus, poderemos alcançar a vitória sobre o próprio eu. TS3 63 6 Cada manhã consagrai-vos e a vossos filhos a Deus, para esse dia. Não façais cálculos para meses ou anos; eles vos não pertencem. TS3 63 7 Um curto dia é o que vos é dado. Como se fosse esse vosso último dia na Terra, trabalhai para o Mestre durante as suas horas. Deponde perante Deus todos os vossos planos, para serem executados ou rejeitados, conforme o indique a Sua providência. Aceitai os Seus planos em lugar dos vossos, mesmo quando sua aceitação exija a renúncia de projetos acariciados. Assim a vida será moldada cada vez mais segundo o modelo divino; e "a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus". Filipenses 4:7. TS3 64 1 Cristo é o elo de ligação entre Deus e o homem. Prometeu Ele interceder pessoalmente. Põe toda a virtude da Sua justiça ao lado do suplicante. Intercede pelo homem, e o homem, necessitado de auxílio divino, intercede por si próprio na presença de Deus, usando a influência dAquele que deu a Sua vida pela vida do mundo. Ao reconhecermos perante Deus o nosso apreço aos méritos de Cristo, é dada fragrância às nossas intercessões. Ao aproximarmo-nos de Deus através da virtude dos méritos do Redentor, Cristo nos põe bem junto a Si, abraçando-nos com o Seu braço humano, ao passo que, com o divino, alcança o trono do Infinito. O incenso suave de Seus méritos, põe-no Ele no incensário, em nossas mãos, com o fito de nos estimular as petições. Promete escutar as nossas súplicas e a elas atender. -- Testimonies for the Church 8:178 (1904). ------------------------Capítulo 13 -- Responsabilidades da vida conjugal TS3 64 2 Caro irmão e irmã: Vós vos unistes em um concerto vitalício. Começou vossa educação na vida conjugal. O primeiro ano de vida matrimonial é ano de experiência, ano em que, como a criança aprende lições na escola, marido e mulher descobrem mutuamente os diferentes traços de caráter. Nesse primeiro ano de vossa vida conjugal, não permitais que haja capítulos que manchem vossa felicidade futura. TS3 64 3 Alcançar a devida compreensão da relação matrimonial é obra da vida inteira. Os que se casam ingressam numa escola onde nunca, nesta vida, se diplomarão. TS3 64 4 Meu irmão, o tempo, a força e a felicidade de tua esposa acham-se agora ligados aos teus. Tua influência sobre ela pode ser um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Sê muito cuidadoso para lhe não estragar a vida. TS3 65 1 Minha irmã, vais agora aprender tuas primeiras lições práticas no tocante às responsabilidades da vida conjugal. Exerce cuidado para aprender fielmente essas lições, dia a dia. Não dês lugar a descontentamento nem acabrunhamento. Não almejes vida de ócio e inatividade. Guarda-te constantemente de ceder ao egoísmo. TS3 65 2 Em vossa união vitalícia, vossas afeições deverão ser tributárias à felicidade mútua. Cada um deve promover a felicidade do outro. Esta é a vontade de Deus a vosso respeito. Mas, ao mesmo tempo que vos deveis unir em um só ser, nenhum de vós deverá perder na do outro, sua própria individualidade. Deus é o dono de vossa individualidade. A Ele deveis perguntar: Que é direito? Que é errado? Como poderei eu melhor cumprir o propósito de minha criação? "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." 1 Coríntios 6:19, 20. Vosso amor ao que é humano deve ser secundário ao vosso amor a Deus. A força de vossa afeição deve refluir para Aquele que deu a vida por vós. Vivendo para Deus, a alma faz convergir nele suas melhores e mais elevadas afeições. É para Aquele que morreu por vós, a maior manifestação do vosso amor? Se assim for, vosso amor mútuo será segundo o plano do Céu. TS3 65 3 A afeição poderá ser clara como cristal e formosa em sua pureza e, contudo, ser superficial, por não ter sido provada nem refinada. Fazei de Cristo em tudo o primeiro, o último e o melhor. Contemplai-O constantemente, e, à medida que se for submetendo à prova, vosso amor a Ele se tornará dia a dia mais profundo e mais forte. E ao crescer vosso amor a Ele, também vosso amor mútuo há de crescer, aprofundar-se e fortalecer-se. TS3 65 4 Tendes agora deveres por cumprir, que não tínheis antes de vosso casamento. "Revesti-vos, pois ... de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade." Colossences 3:12. "Andai em amor, como também Cristo vos amou." "Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. ... De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela." Efésios 5:2, 22-25. O segredo da felicidade TS3 65 5 O casamento, uma união para toda a vida, é símbolo da união entre Cristo e Sua igreja. O espírito que Cristo manifesta para com Sua igreja é o mesmo espírito que marido e mulher devem manifestar mutuamente. TS3 66 1 Nem o marido nem a mulher deve buscar dominar. O Senhor expressou o princípio que guiará este assunto. O marido deve amar a mulher como Cristo à igreja. E a mulher deve respeitar e amar o marido. Ambos devem cultivar espírito de bondade, resolvidos a nunca ofender ou prejudicar o outro. TS3 66 2 Meu irmão e minha irmã, os dois tendes intensa força de vontade. Podeis tornar essa faculdade em grande bênção ou em grande maldição, para vós e para os com quem entrais em contato. Não procureis obrigar o outro a proceder como desejais. Não podereis fazer isto e ao mesmo tempo conservar o amor mútuo. Manifestações de vontade própria destroem a paz e a felicidade do lar. Não permitais que vossa vida conjugal seja de contenção. Se o permitirdes, sereis ambos infelizes. Sede bondosos nas palavras e delicados no trato, renunciando a vossos próprios desejos. Vigiai bem as vossas palavras; pois exercem influência poderosa para o bem ou para o mal. Não permitais aspereza alguma da voz. Trazei para vossa vida conjugal a fragrância da semelhança de Cristo. TS3 66 3 Antes de o homem entrar em união tão íntima como é a relação matrimonial, deve ele aprender a dominar-se e a tratar com outros. A educação da criança TS3 66 4 Na educação da criança, há ocasiões em que a vontade firme, amadurecida, da mãe encontra a vontade desarrazoada, indisciplinada, da criança. Nessas ocasiões há necessidade de grande sabedoria da parte da mãe. Por procedimento imprudente, pela imposição autoritária, pode-se causar à criança grande mal. TS3 66 5 Sempre que possível, convém evitar essa crise; pois representa uma luta árdua, tanto para a mãe como para o filho. Uma vez que surja, porém, a criança tem que ser levada a sujeitar a sua vontade à vontade mais sábia do pai ou da mãe. TS3 66 6 Deve a mãe conservar-se sob domínio perfeito, não fazendo coisa alguma que desperte na criança espírito de desafio. Não deve ela dar ordens em voz alterada. Muito lucrará com manter a voz em tom suave e agradável. Deve tratar a criança de forma que a atraia para Jesus. Deve reconhecer que Deus é seu auxiliador; e o amor, seu poder. Se é cristã sábia não tenta forçar a criança a sujeitar-se. Ora ardentemente para que o inimigo não alcance a vitória e, ao orar, está consciente de uma renovação da vida espiritual. Vê que o mesmo poder que nela opera, fá-lo também no filho. Ele se torna mais afável, mais dócil. A batalha está ganha. Sua paciência e bondade, suas palavras de sábia restrição, realizaram sua obra. Depois do temporal vem a bonança, como, após a chuva, o brilho do Sol. E os anjos, que estiveram a observar a cena, rompem em cânticos de júbilo. Desprendimento TS3 67 1 Estas crises ocorrem também na vida de marido e mulher, que, a menos que dominados pelo Espírito de Deus, manifestarão nessas ocasiões o espírito impulsivo, irrefletido, tantas vezes manifestado pelas crianças. Como pedra contra pedra, será o conflito de uma vontade contra a outra. TS3 67 2 Meu irmão, sê bondoso, paciente, longânimo. Lembra que tua esposa te aceitou como seu esposo, não para que sobre ela dominasses mas para que lhe fosses o arrimo. Não sejas despótico nem autoritário. Não exerças tua grande força de vontade para obrigar tua esposa a proceder como desejas. Lembra que ela tem sua vontade e que, assim como tu, pode ela também desejar que essa vontade se cumpra. Lembra, também, que tens a vantagem da experiência mais vasta. Sê compreensivo e cortês. "A sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos." Tiago 3:17. TS3 67 3 Uma vitória é positivamente essencial que ambos alcanceis: a vitória sobre a vontade obstinada. Nesta luta só podereis vencer com o auxílio de Cristo. Podereis lutar árdua e longamente para vencer o próprio eu, mas, a menos que recebais força do alto, fracassareis. Pela graça de Cristo podereis alcançar a vitória sobre o próprio eu e o egoísmo. À medida que fordes vivendo Sua vida, manifestando a cada passo sacrifício, revelando constante e crescente simpatia pelos que necessitam de auxílio, ireis então alcançando vitória sobre vitória. Dia a dia melhor aprendereis a conquistar o próprio eu e a fortalecer vossos pontos fracos de caráter. Porque submeteis vossa vontade ao Senhor Jesus, Ele será vossa luz, vossa força, vossa coroa de glória. TS3 67 4 Os homens e mulheres poderão atingir o ideal de Deus por tomarem a Cristo como seu Auxiliador. Fazei entrega sem reservas a Deus. O saberdes que estais lutando pela vida eterna vos fortalecerá e confortará. Cristo pode conceder-vos a capacidade para vencer. Por Seu auxílio podereis destruir inteiramente a raiz do egoísmo. TS3 67 5 Cristo morreu para que a vida do homem possa estar ligada à Sua, na união da divindade à humanidade. Veio ao nosso mundo e viveu vida divino-humana, a fim de a vida de homens e mulheres ser tão harmoniosa quanto Deus pretende seja. O Salvador vos convida para negardes o próprio eu e tomardes a cruz. Então, coisa alguma impedirá o desenvolvimento do ser inteiro. A experiência diária revelará ação salutar, harmoniosa. Iluminar o caminho de outros TS3 68 1 Lembrai, caro irmão e irmã, que Deus é amor e que pela Sua graça conseguireis fazer-vos mutuamente felizes, como prometestes em vosso voto matrimonial. E na força do Redentor podeis trabalhar com sabedoria e eficiência para ajudar alguma vida tortuosa a ser endireitada em Deus. Que há que Cristo não possa fazer? Ele é perfeito em sabedoria, em justiça, em amor. Não vos fecheis em vós mesmos, satisfeitos com fruir mutuamente toda a vossa afeição. Lançai mão de toda oportunidade a fim de contribuir para a felicidade dos que vos cercam, partilhando com eles vossa afeição. Palavras bondosas, olhares de simpatia, expressões de apreço, seriam para muita alma a lutar em solidão, como um copo de água fresca para o sedento. Uma palavra de animação, um ato de bondade, iria longe para aliviar a carga que pesa sobre ombros cansados. É no ministério altruísta que se encontra a verdadeira felicidade. E cada palavra e ato dessa espécie é registrado nos livros celestiais, como havendo sido feito para Cristo. "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos", declara Ele, "a Mim o fizestes." Mateus 25:40. TS3 68 2 Vivei ao brilho solar do amor de Cristo. Então, vossa influência abençoará o mundo. Domine-vos o Espírito de Cristo. Esteja-vos nos lábios a lei da bondade. A longanimidade e a abnegação assinalam as palavras dos que são nascidos de novo, para viver a nova vida em Cristo. TS3 68 3 "Nenhum de nós vive para si." Romanos 14:7. O caráter há de manifestar-se. Os olhares, o tom da voz, os atos -- tudo tem sua influência para fazer ou pôr a perder a felicidade da vida familiar. Eles moldam o temperamento e o caráter dos filhos; inspiram confiança e amor, ou os destroem. Por essas influências todos se tornam melhores ou piores, felizes ou infelizes. Devemos à nossa família o conhecimento da Palavra transformado em vida prática. Tudo quanto nos é possível ser para purificar, iluminar, confortar e animar os que nos estão ligados por laços de família, deve ser feito. TS3 68 4 Muitos existem em nosso mundo que anseiam pelo amor e simpatia que lhes deveriam se prodigalizados. Muitos homens amam a sua esposa, mas são egoístas demais para manifestá-lo. Estão possuídos de dignidade e orgulho falsos, e não mostrarão por palavras e atos o amor que têm. Existem muitos homens que nunca sabem como o coração de sua esposa anseia por palavras de terno apreço e afeto. Sepultam os seus queridos, afastando-os de sua vista e queixam-se da providência de Deus que os privou dos seus companheiros, ao passo que, se lhes fosse possível observar a vida íntima desses companheiros, veriam que seu próprio procedimento foi a causa da morte prematura deles. A religião de Cristo nos levará a ser bondosos e corteses, e não tão obstinados em nossas opiniões. Devemos morrer para o eu, e considerar os outros melhores que nós mesmos. -- Testimonies for the Church 3:527, 528 (1875). ------------------------Capítulo 14 -- O conhecimento dos princípios de saúde TS3 69 1 Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra médico-missionária. O mundo é um hospital repleto de enfermidades, tanto físicas como espirituais. Por toda parte morrem pessoas à míngua de conhecimentos das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. Os que foram iluminados pela verdade devem ser portadores de luz para o mundo. Esconder nossa luz no tempo atual é cometer um erro terrível. A mensagem para o povo de Deus hoje é: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Isaías 60:1. TS3 69 2 Por toda parte vemos os que receberam muita luz e conhecimento, escolhendo deliberadamente o mal em lugar do bem. Não fazendo tentativa alguma para reformarem-se, vão-se tornando piores mais e mais. Mas o povo de Deus não deve andar em trevas. Devem andar na luz, pois são reformadores. TS3 69 3 Na vanguarda do verdadeiro reformador, a obra médico-missionária abrirá muitas portas. Ninguém precisa esperar até que seja chamado para algum campo longínquo, para então começar a ajudar outros. Onde quer que vos encontreis, podereis começar imediatamente. As oportunidades encontram-se ao alcance de todos. Assumi o trabalho de que sois considerados responsáveis -- a obra que deveria ser feita em vosso lar e vizinhança. Não espereis que outros vos incitem à ação. No temor de Deus avançai sem delongas, tendo presente vossa responsabilidade individual para com Aquele que deu a vida por vós. Agi como se ouvísseis Cristo convidar-vos pessoalmente para fazerdes o máximo em Seu serviço. Não olheis em volta, para ver quem mais estará disposto. Se sois verdadeiramente consagrados, Deus, por vosso intermédio, trará à verdade outros, de quem Se poderá servir como condutos para comunicar luz a muitos que tateiam nas trevas. TS3 70 1 Todos podem fazer alguma coisa. Num esforço por escusarem-se, dizem alguns: "O lar, os deveres, os filhos requerem meu tempo e meus recursos." Pais, vossos filhos devem ser vossa mão auxiliadora, aumentando vossa capacidade e habilidade para trabalhardes para o Senhor. Os filhos são os membros mais novos da família do Senhor. Devem ser levados a consagrar-se a Deus, a quem pertencem pela criação e redenção. Devem ser ensinados que todas as suas faculdades do corpo, mente e alma Lhe pertencem. Devem ser instruídos para ajudar em vários ramos de serviço abnegado. Não permitais que vossos filhos sejam empecilhos. Convosco, devem os filhos partilhar os encargos tanto espirituais como físicos. Ajudando outros, aumentam a própria felicidade e utilidade. TS3 70 2 Mostre nosso povo que possui vivo interesse no trabalho médico-missionário. Preparem-se para a utilidade, estudando os livros que nesses ramos foram escritos para nossa instrução. Esses livros merecem muito mais atenção e apreço do que têm recebido. Muito do que é para benefício de todos compreender, foi escrito com o fim especial de instruir nos princípios da saúde. Os que estudam e praticam esses princípios serão grandemente abençoados, tanto física como espiritualmente. A compreensão da filosofia da saúde será uma salvaguarda contra muitos dos males que estão a aumentar constantemente. Estudo e ministério doméstico TS3 70 3 Muitos que desejam obter conhecimento em ramos médico-missionários têm obrigações domésticas que, por vezes, os impedem de unir-se a outros para estudar. Estes poderão em sua própria casa aprender muito a respeito da expressa vontade de Deus relativamente a esses ramos de trabalho missionário, aumentando assim sua habilidade para ajudar outros. Pais e mães, obtende todo o auxílio possível do estudo de nossos livros e demais publicações. Lede Good Health(1), que está repleta de boa informação. Tomai tempo para ler para vossos filhos trechos dos livros de saúde, bem como dos que tratam mais particularmente de assuntos religiosos. Ensinai-lhes a importância do cuidado do corpo -- a casa em que habitam. Formai um grupo doméstico de leitura, em que cada membro da família deponha os ansiosos cuidados do dia, e tome parte no estudo. Pais, mães, moços e moças: Dedicai-vos de coração a essa tarefa, e vede se não melhorará muito a igreja do lar. TS3 71 1 Especialmente os jovens que estavam acostumados a ler romances e literatura barata, terão proveito ao tomar parte no estudo doméstico à noite. Jovens: Lede a literatura que vos comunique o verdadeiro conhecimento, e seja de auxílio para a família inteira. Dizei firmemente: "Não passarei preciosos momentos na leitura daquilo que de nenhum proveito me será, e tão-somente me incapacitará para ser prestativo aos outros. Dedicarei meu tempo e pensamentos, buscando habilitar-me para o serviço de Deus. Fecharei os olhos para as coisas frívolas e pecaminosas. Meus ouvidos pertencem ao Senhor, e não escutarei o sutil arrazoamento do inimigo. De maneira nenhuma minha voz se sujeitará a uma vontade que não esteja sob a influência do Espírito de Deus. Meu corpo é o templo do Espírito Santo, e cada faculdade de meu ser será consagrada para atividades dignas." TS3 71 2 O Senhor designou os jovens para serem Sua mão auxiliadora. Se em cada igreja eles se consagrassem a Deus, praticassem abnegação no lar, aliviando a mãe consumida dos cuidados, esta acharia tempo para fazer visitas aos vizinhos e, quando se lhes oferecesse oportunidade, poderiam eles mesmos auxiliar fazendo pequenos serviços de misericórdia e amor. TS3 71 3 Livros e revistas que tratam de assuntos de saúde e temperança poderiam ser postos em muitos lares. A circulação desta literatura é questão importante; pois deste modo se podem transmitir preciosos conhecimentos atinentes ao tratamento de doenças -- conhecimentos que seriam grande bênção para os que não podem pagar visitas médicas. Instruir os filhos TS3 71 4 Os pais devem procurar interessar os filhos no estudo da fisiologia. Há entre os jovens bem poucos que têm conhecimentos positivos acerca dos mistérios da vida. O estudo do admirável organismo humano, a relação e dependência de suas partes complicadas, é assunto em que muitos pais pouco se interessam. Embora Deus lhes diga: "Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma" (3 João 2), não compreendem eles a influência do corpo sobre a mente ou da mente sobre o corpo. Ninharias desnecessárias lhes ocupam a atenção, e então alegam falta de tempo como desculpa para não adquirir os conhecimentos necessários para os habilitar devidamente a instruir os filhos. TS3 72 1 Se todos adquirissem conhecimentos sobre este assunto, e se compenetrassem da importância de pô-los em prática, veríamos um melhor estado de coisas. Pais: Ensinai vossos filhos a raciocinarem da causa para o efeito. Mostrai-lhes que, se violarem as leis da saúde, terão que pagar com sofrimento essa culpa. Mostrai-lhes que a negligência no tocante à saúde física tende à negligência moral. Vossos filhos requerem cuidado paciente e fiel. Não vos basta alimentar e vesti-los; deveis buscar também desenvolver-lhes as faculdades mentais e encher-lhes o coração de princípios retos. Mas quantas vezes se perdem de vista a beleza de caráter e a amabilidade de gênio, no ansioso desejo da aparência exterior! ó pais, não vos deixeis governar pela opinião do mundo; não trabalheis para alcançar a sua norma. Decidi por vós mesmos qual seja o grande objetivo da vida e, então empenhai todo esforço para atingir esse objetivo. TS3 72 2 Não podereis impunemente descuidar o devido preparo de vossos filhos. Seus defeitos de caráter publicarão vossa infidelidade. Os males que deixais passar sem corrigir, as maneiras ásperas, rudes, o desrespeito e a desobediência, os hábitos de indolência e desatenção, trar-vos-ão desonra para o nome e amargura à vida. O destino de vossos filhos está em grande parte em vossas mãos. Se deixardes de cumprir vosso dever, podereis colocá-los nas fileiras do inimigo e torná-los agentes seus na derrota de outros; por outro lado, se fielmente os instruirdes, se em vossa própria vida lhes apresentardes um exemplo pio, podereis levá-los a Cristo, e eles, por sua vez, influenciarão outros, e assim muitos poderão ser salvos por meio de vós. TS3 72 3 Pais e mães, reconheceis a importância da responsabilidade que sobre vós pesa? Reconheceis a necessidade de resguardar vossos filhos dos hábitos negligentes, desmoralizadores? Só permiti que vossos filhos formem amizades que tenham boa influência sobre seu caráter. Não permitais que estejam fora de casa à noite, a não ser que saibais onde estão e o que fazem. Se negligenciastes ensinar-lhes mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, começai imediatamente a cumprir vosso dever. Assumi vossas responsabilidades e trabalhai para o tempo e a eternidade. Não deixeis passar nem um dia mais sem confessar a vossos filhos a vossa negligência. Dizei-lhes que pretendeis agora fazer a obra designada por Deus. Pedi-lhes que convosco lancem mão da reforma. Fazei esforços diligentes para remir o passado. Não permaneçais por mais tempo no estado da igreja de Laodicéia. Em nome do Senhor rogo a toda família que mostre suas verdadeiras cores. Reformai a igreja que está em vossa própria casa. TS3 72 4 Ao cumprirdes fielmente vosso dever em casa, o pai como sacerdote da família, a mãe como sua missionária, estareis a multiplicar habilidades para fazer o bem fora do lar. Ao aproveitardes vossas faculdades, tornar-vos-eis mais capacitados para trabalhar na igreja e vizinhança. Ligando os filhos a si e a Deus, os pais, as mães e os filhos tornam-se coobreiros de Deus. TS3 73 1 Todo filho e filha deve ser repreendido se ausentar-se de casa à noite. Devem os pais saber em que companhia estão os filhos e em que casa passam as noites. -- Testimonies for the Church 4:651 (1881). TS3 73 2 Estamos vivendo num tempo solene entre as cenas finais da história da Terra, e o povo de Deus não está desperto. Devem eles despertar e fazer maior progresso na reforma de seus hábitos de vida, alimentação, vestuário, trabalho e repouso. Em tudo isso devem glorificar a Deus, estar preparados para dar combate ao nosso grande inimigo e desfrutar as preciosas vitórias reservadas por Deus para os que exercem a temperança em todas as coisas, enquanto se empenham por alcançar uma coroa incorruptível. -- Testimonies for the Church 1:618 (1867). ------------------------Capítulo 15 -- Obreiros de nossas instituições médicas TS3 73 3 Os obreiros dos nossos hospitais foram chamados para uma alta e santa vocação. Precisam eles compreender, melhor do que no passado, o caráter sagrado da sua ocupação. O trabalho que executam e o alcance da influência que exercem, deles exigem esforço fervoroso e consagração irrestrita. TS3 73 4 Em nossos sanatórios os enfermos e sofredores devem ser induzidos a compreender que tanto precisam de auxílio espiritual como da cura física. Devem-se-lhes proporcionar todos os elementos para o restabelecimento da saúde física; é preciso fazer-lhes ver, também, o que significa ser abençoado com a luz e a vida de Cristo, o que representa a comunhão com Ele. Devem ser levados a ver que a graça de Cristo na alma eleva o ser todo. E maneira nenhuma melhor existe de aprenderem acerca da vida de Cristo, do que a verem revelada na dos Seus seguidores. TS3 74 1 O obreiro fiel mantém os olhos fixos em Cristo. Lembrando que a sua esperança de vida eterna deve-a ele à cruz de Cristo, está decidido a não desonrar jamais quem por ele deu a vida. Interessa-se profundamente nos sofrimentos da humanidade. Ora e trabalha, cuidando das almas como quem delas deverá dar conta, sabendo que são dignas da salvação as almas que Deus põe em contato com a verdade e a justiça. TS3 74 2 Nossos obreiros de sanatórios estão empenhados numa luta santa. Devem apresentar aos enfermos e sofredores a verdade tal qual é em Jesus; devem apresentá-la em toda a sua solenidade, não obstante com simplicidade e ternura tais que as almas sejam atraídas para o Salvador. Sempre, por preceito e exemplo, exaltarão a Cristo como a esperança de vida eterna. TS3 74 3 Nenhuma palavra áspera deve ser proferida, nem praticado ato algum egoísta. Os obreiros devem tratar todos com bondade. Suas palavras devem ser corteses e amáveis. Os que mostram verdadeira modéstia e cortesia cristã ganharão almas para Cristo. TS3 74 4 Devemos esforçar-nos para restabelecer a saúde física e espiritual dos que recorrem aos nossos sanatórios. Preparemo-nos, pois, para subtraí-los durante certo tempo desse ambiente que os afastou de Deus, e pô-los em atmosfera mais pura. Fora de casa, rodeados das belas coisas que Deus fez, respirando ar puro e saudável, é mais fácil falar ao doente acerca da nova vida que há em Cristo. Ali a Palavra de Deus pode ser ensinada. Ali os raios da justiça de Cristo podem atingir os corações entenebrecidos pelo pecado. Com paciência e simpatia, levai os doentes a compreenderem que necessitam do Salvador. Contai-lhes que Ele é que dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. TS3 74 5 Precisamos compreender melhor o sentido destas palavras: "Desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento." Cantares 2:3. Elas não nos fazem evocar a lembrança de uma pressa febril, mas de um repouso sossegado. Muitos cristãos há que andam ansiosos e abatidos, muitos andam tão cheios de atividades que não podem achar tempo algum para repousar nas promessas de Deus, que procedem como se não pudessem desfrutar paz e tranqüilidade. A todos esses, Cristo dirige o convite: "Vinde a Mim, ... e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. TS3 74 6 Desviemo-nos das estradas quentes e poeirentas da vida, para repousar à sombra do amor de Cristo. Ali nos fortaleceremos para a luta. Ali aprenderemos a diminuir nossas lutas e preocupações e a falar e cantar para o louvor de Deus. Aprendam de Cristo uma lição de confiante calma, os cansados e oprimidos. Se querem desfrutar paz e descanso, devem eles sentar-se à Sua sombra. TS3 75 1 Os que trabalham em nossos sanatórios devem possuir rica experiência cristã, porque a verdade lhes está implantada no coração e, como coisa santa, é nutrida pela graça de Deus. Arraigados e firmados na verdade, devem ter fé que opera por amor e purifica a alma. Constantemente pedindo bênçãos, devem manter as janelas da alma fechadas, na direção da Terra, para a atmosfera corrompida do mundo, e abertas na direção do Céu, para receberem os brilhantes raios do Sol da Justiça. Dirigir a mente a Cristo TS3 75 2 Quem se está preparando para assumir com conhecimento de causa o trabalho médico-missionário? Por meio desse trabalho, os que acorrem aos nossos sanatórios para ali se tratarem, devem ser guiados a Cristo e ensinados a unir à Sua força a fraqueza própria. Cada obreiro deve ser conscienciosamente eficiente. Então, em sentido elevado e amplo, pode ele apresentar a verdade tal qual é em Jesus. TS3 75 3 Os obreiros de nossos sanatórios estão continuamente expostos à tentação. São postos em contato com os incrédulos, e os que não estão firmados na fé serão prejudicados por essa aproximação. Mas os que estão firmados em Cristo enfrentarão os incrédulos como Ele os enfrentou, inflexíveis em sua obediência, sempre dispostos para dizer uma palavra oportuna e semear as sementes da verdade. Perseverarão em oração, mantendo firmemente a sua integridade, e dando provas diárias da coerência da sua religião. A influência de tais obreiros é uma bênção para muitos. Por meio de uma vida bem equilibrada levarão almas à cruz. O verdadeiro cristão dá testemunho constante de Cristo. Está sempre animoso, sempre disposto a dirigir palavras de esperança e conforto aos que sofrem. "O temor do Senhor é o princípio da ciência." Provérbios 1:7. Uma única frase da Escritura é de muito mais valor que dez mil idéias e argumentos humanos. Os que se recusam a seguir os caminhos de Deus receberão por fim a sentença: "Apartai-vos de Mim." Mateus 25:41. Mas ao nos submetermos à vontade de Deus, o Senhor Jesus nos dirige a mente e põe nos lábios palavras de certeza. Podemos ser fortes no Senhor e na força do Seu poder. Recebendo a Cristo, somos revestidos do Seu poder. Ao habitar Cristo em nós, Sua força vem a ser nossa. Sua verdade será vista em nós abundantemente. Nenhuma injustiça é vista na vida. Poderemos falar palavras oportunas aos que não conhecem a verdade. A presença de Cristo no coração é um poder vitalizante que fortalece o ser todo. TS3 76 1 Foi-me mandado dizer aos obreiros de nossos sanatórios que a incredulidade e a presunção são os perigos contra que deverão estar em guarda constante. Devem combater o mal com zelo e ardor tais que os enfermos sintam a influência enobrecedora dos seus esforços abnegados. TS3 76 2 Nenhuma sombra de egoísmo deve manchar-nos o serviço. "Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:24. Exaltai o Homem do Calvário. Exaltai-O por uma fé viva em Deus, a fim de que as vossas orações sejam ouvidas. Reconhecemos a proximidade a que Jesus chega de nós? Ele nos fala pessoalmente. Ele Se revelará a cada um que se disponha a revestir-se da Sua justiça. Declara Ele: "Eu ... te tomo pela tua mão direita." Isaías 41:13. Coloquemo-nos em lugar onde Ele nos possa tomar pela mão, onde Lhe possamos ouvir a voz, dizendo com segurança e autoridade: "Eu sou o que vivo e estive morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre." Apocalipse 1:18. ------------------------Capítulo 16 -- Fora das cidades TS3 76 3 Os que têm algo que ver com a localização de nossos sanatórios devem estudar com oração o caráter e objetivo da nossa obra pró-saúde. Devem sempre lembrar que trabalham para restaurar no homem a imagem de Deus. Devem, por um lado, ministrar os remédios que aliviam o sofrimento físico, e, por outro, o evangelho, para o alívio dos sofrimentos da alma, provenientes do pecado. Assim, deverão trabalhar como verdadeiros médicos-missionários. Em muitos corações deverão eles semear as sementes da verdade. TS3 76 4 Nenhum egoísmo, nem ambição pessoal deverão ser permitidos na escolha da localização para os nossos sanatórios. Cristo veio a este mundo a fim de ensinar-nos a viver e a trabalhar. Aprendamos, pois, dEle, a não escolher para os nossos sanatórios os lugares que mais nos satisfaçam o gosto, mas os que mais convenham ao nosso trabalho. TS3 76 5 Foi-me mostrado que em nossa obra médico-missionária perdemos muitas vantagens por deixarmos de reconhecer a necessidade de uma mudança de planos no que toca à localização dos sanatórios. A vontade de Deus é que essas instituições sejam localizadas fora da cidade. Devem ser localizadas no campo, em local o mais atraente possível. Na natureza -- jardim do Senhor -- o enfermo sempre achará alguma coisa para desviar de si próprio a atenção, e elevar a Deus os pensamentos. TS3 77 1 Fui instruída que os enfermos devem ser tratados fora da agitação das cidades, longe do ruído dos bondes e do contínuo barulho de carros e carroças. As pessoas que do interior acorrem aos nossos sanatórios, apreciarão um lugar sossegado; e em lugares de retiro os pacientes serão mais bem influenciados pelo Espírito de Deus. TS3 77 2 O jardim do Éden, lar de nossos primeiros pais, era extremamente belo. Graciosos arbustos e flores delicadas deleitavam os olhos a cada passo. Havia ali árvores de toda espécie, muitas delas carregadas de frutos fragrantes e deliciosos. Em seus galhos, trinavam os pássaros seus hinos de louvor. Adão e Eva, em sua pureza imaculada, deleitavam-se no que viam e ouviam no Éden. E hoje, embora o pecado haja lançado sombra sobre a Terra, Deus quer que Seus filhos se deleitem nas obras de Suas mãos. Localizar os nossos sanatórios em meio das cenas da natureza equivale a seguir o plano de Deus; e quanto mais minuciosamente ele for seguido, tanto mais maravilhosamente procederá Deus na restauração da humanidade sofredora. Para as nossas instituições educativas e médicas devem ser escolhidos lugares onde, fora das nuvens escuras de pecado que cobrem as grandes cidades, possa nascer o Sol da Justiça, "trazendo curas nas Suas asas". Malaquias 4:2 (VB). TS3 77 3 Dêem os dirigentes de nossa obra instruções para que os nossos sanatórios sejam localizados na mais agradável das imediações, distante da agitação da cidade -- lugares em que, por meio de instrução sábia, o pensamento dos pacientes, seja posto em contato com os pensamentos de Deus. Eu tenho repetidamente descrito esses lugares; mas dir-se-ia que não tem havido ouvidos para escutar-me. Ainda recentemente, a vantagem de localizar fora das cidades as nossas instituições, especialmente os nossos sanatórios e escolas, foi-me apresentada de maneira muitíssimo clara e convincente. TS3 77 4 Por que fazem os nossos médicos tanto empenho em localizarem-se nas cidades? A própria atmosfera das cidades está poluída. Nelas, os enfermos que têm hábitos depravados para vencer não podem ficar preservados de modo conveniente. Para os alcoólatras, os bares das cidades constituem uma tentação contínua. Localizar os nossos sanatórios onde estejam circundados de ambiente ímpio, equivale a neutralizar os esforços feitos para restabelecer a saúde dos pacientes. TS3 77 5 No futuro, o estado de coisas nas cidades piorará mais e mais, e a influência do ambiente urbano será considerada desfavorável para o cumprimento da obra que aos nossos sanatórios compete. TS3 78 1 Do ponto de vista da saúde, o fumo e o pó das cidades são extremamente prejudiciais. E os pacientes que estão grande parte do tempo confinados dentro de quatro paredes, sentem estar aprisionados dentro do quarto. Ao olharem por uma janela, nada mais vêem além de casas, casas, casas. Os que assim ficam retidos em quartos, inclinam-se a meditar em seus sofrimentos e infortúnios. Algumas vezes um inválido é envenenado por sua própria respiração. TS3 78 2 Muitos outros males resultam da localização de grandes instituições médicas nas grandes cidades. TS3 78 3 Por que se haverá de privar os pacientes da bênção restauradora achada na vida ao ar livre? Eu fui instruída de que, ao serem os doentes animados a abandonar o quarto e passar algum tempo ao ar livre, cultivando flores ou fazendo outro trabalho leve, agradável, seu espírito será desviado de si próprios para alguma coisa que lhes favoreça a cura. O exercício ao ar livre deveria ser prescrito como uma necessidade benéfica e vivificante. Quanto mais tempo possam os pacientes ser mantidos ao ar livre, de tanto menos cuidado necessitarão. Quanto mais alegre for o ambiente que os circunda, tanto mais esperança terão. Rodeai-os das belas coisas da natureza; ponde-os onde possam ver as flores crescerem e ouvir os pássaros cantarem, e seu coração cantará em uníssono com o trinado deles. Encerrai-os em quartos, embora sejam elegantemente mobiliados, e eles ficarão tristes e irritados. Dai-lhes a bênção da vida ao ar livre; assim, elevar-se-lhes-á a alma. Eles serão aliviados física e espiritualmente. TS3 78 4 "Fora das cidades", é a minha mensagem. Nossos médicos há muito deveriam haver estado bem despertos para este ponto. Espero, e creio que compreenderão agora a importância de saírem para o campo, e oro a Deus para que assim seja. TS3 78 5 Aproxima-se o tempo em que as cidades serão alvo dos juízos divinos. Dentro em pouco as cidades serão terrivelmente sacudidas. Não importa quais sejam as dimensões e a solidez dos edifícios, nem quais as precauções tomadas contra incêndios, quando Deus tocar esses edifícios, dentro de poucos minutos ou algumas horas ficarão reduzidos a escombros. TS3 78 6 As cidades ímpias do nosso mundo serão varridas pela vassoura da destruição. Nas calamidades que agora atingem edifícios imensos e grandes distritos das cidades, Deus nos está mostrando o que irá acontecer em toda a Terra. Ele nos disse: "Aprendei pois esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele [Cristo em Sua vinda] está próximo às portas." Mateus 24:32, 33. TS3 79 1 Durante anos me foi ministrada revelação especial acerca do nosso dever de não centralizar a nossa obra nas cidades. A agitação e confusão que enchem essas cidades, as condições que nelas criam os sindicatos trabalhistas e as greves, tornar-se-ão grande desvantagem para a nossa obra. Buscam os homens conseguir que os elementos empenhados em diferentes profissões se filiem a certos sindicatos. Esse não é o plano de Deus, mas de um poder que não devemos jamais reconhecer. A Palavra de Deus se está cumprindo; estão-se os ímpios ajuntando em molhos, prontos para serem queimados. TS3 79 2 Devemos empregar agora toda a capacidade que nos foi confiada, no sentido de transmitir para o mundo a grande mensagem de advertência. Nessa obra, cumpre-nos preservar a individualidade. Não nos devemos associar a sociedades secretas nem a sindicatos trabalhistas. Devemos permanecer livres perante Deus, à espera constante de instruções de Cristo. Todos os nossos atos deverão ser exercidos com a convicção da importância da obra a ser feita para Deus. TS3 79 3 Foi-me revelado que as cidades se encherão de confusão, violência e crime, e que estas coisas aumentarão até ao fim da história da Terra. ------------------------Capítulo 17 -- Considerações acerca dos edifícios TS3 79 4 Como povo escolhido de Deus não podemos copiar os costumes, alvos e práticas do mundo, nem imitar a moda que nele impera. Não estamos imersos em ignorância tal que nos conformemos com imitar os modelos que o mundo nos oferece, e contemos com a aparência para alcançar bom êxito. Disse-nos o Senhor de onde provém a nossa força. "Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 4:6. Ao considerar oportuno, o Senhor concede, a quem guarda a Sua Palavra, a faculdade de exercer forte influência para o bem. De fato, eles dependem de Deus, e a Ele terão que prestar contas da maneira em que empregaram os talentos que lhes confiou. Devem compreender que são administradores dos bens do Senhor e que é dever seu exaltar-Lhe o nome. TS3 80 1 Os que puserem em Deus todas as suas afeições, alcançarão êxito. Em Cristo, perderão de vista a si próprios, e as atrações do mundo não exercerão poder algum para apartá-los da obediência. Compreenderão que aparência exterior não concede força. Não é a ostentação, a aparência imponente o que representa de maneira correta a obra que devemos realizar como povo escolhido de Deus. Os que trabalham em ligação com a nossa obra médica devem estar adornados da graça de Cristo. Isso lhes permitirá exercer a maior das influências para o bem. TS3 80 2 O Senhor quer realmente o que de nós espera. Suas promessas nos são feitas sob a condição de cumprirmos fielmente a Sua vontade. Por isso, quando se trata de construir sanatórios, Ele deve ter o primeiro, o último e o melhor lugar em tudo. TS3 80 3 Os que servem a Deus devem velar para que seu gosto de ostentação não arraste outros para os prazeres fáceis e a vaidade. Deus não quer que servo algum Seu realize empreendimentos custosos e inúteis, que o façam endividar-se e privar-se dos recursos com que poderia contribuir para auxiliar a obra do Senhor. Enquanto os que professam crer na verdade presente andarem nas sendas do Senhor para agir segundo as normas da justiça, poderão contar com que o Senhor os fará prosperar. Mas se preferem vagar longe do caminho estreito, atrairão ruína sobre si mesmos e sobre quem os tomar por modelo. TS3 80 4 Os que dirigem a fundação de instituições médicas devem dar o bom exemplo. Mesmo que haja dinheiro, não devem gastar mais do que o absolutamente necessário. A obra do Senhor deve ser dirigida, tendo em conta as necessidades de cada parte da Sua vinha. Somos todos membros de uma mesma família, filhos de um mesmo Pai, e as rendas do Senhor têm que ser empregadas de modo que melhor atenda aos interesses de Sua causa no mundo inteiro. O Senhor considera todas as partes do campo, e Sua vinha deve ser cultivada como um conjunto. TS3 80 5 Não devemos gastar nalguns lugares todo o dinheiro do tesouro, mas tratar de fundar a obra em muitos lugares. Novos territórios devem ser acrescidos ao reino do Senhor. Outras partes da vinha devem receber o auxílio que dará feição à obra. O Senhor nos proíbe de usar em Sua obra planos egoístas. Proíbe-nos de adotar planos que privem o nosso próximo dos recursos que lhes permitiriam desempenhar a sua parte na difusão da verdade. Devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. TS3 80 6 Temos também de lembrar que a nossa obra deve corresponder à nossa fé. Cremos que o Senhor logo virá, e não deve a nossa fé manifestar-se pelos edifícios que construímos? Investiremos somas consideráveis em edifícios que logo hão de ser consumidos na grande conflagração? Nosso dinheiro representa almas, e devemos empregá-lo de maneira que dê a conhecer a verdade aos que, por causa do pecado, estão debaixo da condenação divina. Renunciemos aos nossos planos ambiciosos; sejamos precavidos contra a extravagância ou a imprevisão, para que se não esvazie a tesouraria do Senhor e falte aos edificadores os recursos para fazerem o trabalho que lhes foi designado. TS3 81 1 Nossas instituições primitivas gastaram somas de dinheiro maiores do que as necessárias. Os que assim procederam julgaram que esse gasto daria feição à obra. Esse argumento, porém, não justifica a despesa inútil. Simplicidade cristã nas edificações TS3 81 2 Deus quer que o espírito humilde e manso do Mestre, que é a Majestade do Céu e o Rei da glória, se manifeste constantemente em nossas instituições. A primeira vinda de Cristo não é estudada como deveria sê-lo. Ele veio para ser-nos o exemplo em tudo. Sua vida foi de abnegação estrita. Se Lhe seguirmos o exemplo, jamais gastaremos dinheiro sem necessidade. Não buscaremos o que agrade à vista. Tratemos de que a nossa aparência seja tal que a luz da verdade resplandeça por meio das nossas boas obras, e Deus seja glorificado pelo emprego dos melhores métodos de curar e aliviar os que sofrem. O que dá feição à nossa obra, não é o dinheiro gasto em grandes edifícios, mas a manutenção dos verdadeiros princípios religiosos, e o caráter nobre, à semelhança do de Cristo. TS3 81 3 Os erros cometidos no passado com a construção de edifícios, devem ser-nos advertências proveitosas para o futuro. Devemos observar em que outros fracassaram e, em vez de imitar-lhes os erros, tratar de fazer melhor. Em tudo quanto fazemos para o avanço da obra, devemos levar em conta a necessidade de economia. Não deve ser feito gasto algum inútil. O Senhor logo virá e os nossos gastos em edifícios devem harmonizar-se com a nossa fé. Nossos recursos devem ser empregados para prover quartos alegres, ambiente saudável e bom alimento. TS3 81 4 Nossos planos referentes à construção e mobília de nossas instituições devem subordinar-se a um conhecimento verdadeiro e prático sobre o que significa andar humildemente com Deus. Nunca deve ser considerado necessário dar aparência de riqueza. Nunca deve a aparência ser considerada o meio de alcançar êxito. Isso é um engano. O desejo de ostentar aparência que nem sempre convém à obra de que Deus nos incumbiu, aparência que só pode ser alcançada à custa de gastos excessivos, é um tirano sem misericórdia. Assemelha-se à gangrena que penetra nos órgãos vitais. TS3 82 1 Os homens de bom senso preferem o conforto à elegância e luxo. É erro pensar que, com a aparência serão atraídos mais pacientes e, conseqüentemente, mais recursos. Mesmo que esse procedimento nos aumentasse a clientela, não poderíamos consentir em que nossos sanatórios fossem mobiliados em conformidade com a concepção de luxo da época. A influência cristã é valiosa demais para ser sacrificada dessa maneira. Todas as imediações, dentro e fora de nossas instituições, têm de estar em harmonia com os ensinos de Cristo e com os princípios da nossa fé. Em todos os seus ramos, deve a nossa obra ser uma ilustração de critério santificado, e não de ostentação e extravagância. TS3 82 2 Não é o edifício grande e dispendioso; não é o mobiliário de luxo; não são as mesas servidas de manjares requintados, o que comunicará à nossa obra influência e êxito. É a fé que atua por amor e purifica a alma; é a atmosfera de graça que circunda o crente, é o Espírito Santo atuando na mente e no coração, que o torna um cheiro de vida para vida, e faz com que Deus abençoe a Sua obra. TS3 82 3 Deus pode hoje comunicar-Se com Seu povo, e conceder-lhe a sabedoria necessária para fazer a Sua vontade, da mesma forma como Se comunicou com o Seu povo de outrora, e lhe deu sabedoria para construir o tabernáculo. Na construção desse edifício deu Ele uma demonstração do Seu poder e majestade; e Seu nome deve ser honrado através dos edifícios que são construídos para Ele hoje em dia. A sobriedade, solidez e conveniência devem ser vistos em cada pormenor. TS3 82 4 Os que têm o encargo da construção de um sanatório devem representar a verdade trabalhando com o espírito e o amor de Deus. Assim como, ao construir a arca, Noé advertiu o mundo, pelo trabalho feito na construção das instituições do Senhor, pregar-se-ão sermões, e o coração de alguns se convencerá e converterá. Sintam, pois, nossos obreiros, a maior ansiedade pela constante ajuda de Cristo, para que nossas instituições não sejam estabelecidas em vão. TS3 82 5 Enquanto progride a obra de construção, lembrem que, assim como nos dias de Noé e Moisés, Deus determinou todos os pormenores da arca e do santuário, também na construção de Suas instituições modernas, Ele vigia o trabalho feito. Lembrem que o grande Arquiteto deseja dirigir a Sua obra por meio de Sua Palavra, Espírito e providência. Por isso devem tomar tempo para aconselharem-se com Deus. A voz da oração e a melodia dos hinos santos, devem elevar-se até Ele como o fumo do incenso suave. Todos devem compreender que dependem inteiramente de Deus. Devem lembrar que estão fundando uma instituição por cujo meio irá cumprir-se com êxito uma obra que terá conseqüências infinitas, e que ao realizarem assim o trabalho, devem ser coobreiros de Deus. "Olhando para Jesus" (Hebreus 12:2), deve ser o nosso lema. E esta é a promessa que nos é feita: "Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os Meus olhos." Salmos 32:8. ------------------------Capítulo 18 -- A centralização TS3 83 0 Santa Helena, Califórnia, 4 de Setembro de 1902 TS3 83 1 Aos dirigentes de nossa Obra Médica: Caros irmãos: O Senhor atua imparcialmente em todas as partes de Sua vinha. São os homens que desorganizam a Sua obra. Ele não concede ao Seu povo o privilégio de coletar grandes somas de dinheiro para estabelecer instituições em poucos lugares, de modo que nada fique para instalar instituições similares noutros lugares. TS3 83 2 Muitas outras instituições devem ser fundadas nas cidades dos Estados Unidos, especialmente na parte sul, onde até agora pouco tem sido feito. Nos países estrangeiros, devem empreender-se e dirigir-se com êxito muitos empreendimentos médico-missionários. A fundação de sanatórios é tão importante na Europa e noutras terras estrangeiras, quanto o é nos Estados Unidos. TS3 83 3 Quer o Senhor que Seu povo compreenda devidamente a espécie de trabalho que tem de ser realizada, bem como a sua parte como administrador fiel e prudente na inversão dos capitais. No tocante à construção de edifícios, quer Ele que se calcule o gasto a fim de saber-se se há dinheiro suficiente para terminar o empreendimento. Quer, também, que lembremos que não se deve concentrar todo o dinheiro de modo egoísta em poucos lugares somente, mas convém ter em conta outros, muito numerosos, onde também têm de ser fundadas instituições. TS3 83 4 Das instruções que recebi, depreende-se que os administradores de todas as nossas instituições, especialmente dos sanatórios recém-fundados, devem economizar com cuidado para poder acudir em auxílio de instituições similares que devam ser fundadas noutras partes do mundo. Mesmo que tenham em caixa boa quantia de dinheiro, cumpre fazer planos com vistas para as necessidades do grande campo missionário de Deus. Muitos hospitais TS3 84 1 Não é a vontade de Deus que Seu povo construa hospitais gigantescos em parte alguma. Em vez disso, convém fundar muitos deles. Não devem ser grandes, mas suficientemente equipados para realizarem um bom trabalho. TS3 84 2 Foram-me feitas advertências acerca da formação de enfermeiros e evangelistas médico-missionários. Não devemos centralizar esse preparo num único lugar. Em todos os sanatórios existentes é que devem ser preparados jovens de ambos os sexos para o trabalho médico-missionário. O Senhor abrirá perante eles um caminho ao se porem a trabalhar para Ele. TS3 84 3 As provas evidentes do cumprimento das profecias, declaram que está próximo o fim de todas as coisas. Muito trabalho importante precisa ser feito fora e distante dos lugares em que, no passado, esteve grandemente concentrado. TS3 84 4 Ao canalizarmos água para irrigar um jardim, não tratamos de aguar uma parte somente, deixando as demais em secura completa, a bradarem: "Dá-nos água!" Isso, não obstante, representa a maneira em que a obra tem sido executada em poucos lugares, com o abandono do grande campo. Permanecerão desolados os lugares áridos? Não. Circule a água por todas as partes, levando consigo júbilo e fertilidade. A fonte da nossa força TS3 84 5 Nunca devemos confiar na reputação e categoria mundanas. Nunca, ao fundar instituições, deveremos buscar competir com as instituições mundanas em tamanho e esplendor. Alcançaremos a vitória, não construindo edifícios maciços, nem rivalizando com os nossos oponentes, mas cultivando espírito cristão -- espírito manso e humilde. Mais valem a cruz e as esperanças frustradas, com a vida eterna afinal, do que viver como príncipes e perder o Céu. TS3 84 6 O Salvador da humanidade nasceu de pais humildes, num mundo mau e amaldiçoado por causa do pecado. Foi criado na obscuridade de Nazaré, pequena cidade da Galiléia. Começou o Seu trabalho na pobreza e sem alta linhagem mundana. Assim introduziu Deus o evangelho, de maneira inteiramente diversa da que muitos em nossos dias consideram aconselhável para a proclamação do mesmo evangelho. TS3 84 7 No próprio início da dispensação evangélica ensinou Ele à Sua igreja a não confiar na grandeza nem no esplendor mundanos, mas no poder da fé e da obediência. O favor de Deus é de maior valor que o ouro e a prata. O poder do Seu Espírito é de valor incalculável. TS3 85 1 Assim diz o Senhor: "Os edifícios só darão feição à Minha obra quando os que os constroem seguem a Minha instrução referente ao estabelecimento das instituições. Se os que, no passado, dirigiram e sustiveram a obra houvessem sido dominados de sentimentos puros e isentos de egoísmo, nunca teria havido acúmulo egoísta de grande quantidade dos Meus meios em um ou dois lugares. Instituições teriam sido estabelecidas em muitos lugares. As sementes da verdade, semeadas em muitos campos mais, teriam germinado e produzido fruto para Minha glória. TS3 85 2 "Os lugares que foram descuidados precisam agora merecer a vossa atenção. O Meu povo precisa fazer uma obra rápida. Os que com pureza de propósito se consagrarem inteiramente a Mim, de corpo, alma e espírito, trabalharão segundo os Meus métodos e em Meu nome. Cada qual se manterá em seu lugar e olhará para Mim, seu Guia e Conselheiro. TS3 85 3 "Eu instruirei o ignorante, e ungirei com colírio celestial os olhos de muitos que agora estão imersos em trevas espirituais. Suscitarei obreiros que executem a Minha vontade para prepararem um povo que subsista perante Mim no tempo do fim. TS3 85 4 Em muitos lugares que já deveriam haver sido providos de sanatórios e escolas, estabelecerei as Minhas instituições, as quais virão a ser centros de preparo de obreiros." A compra de propriedades para instituições TS3 85 5 O Senhor influenciará a mente de pessoas em setores inesperados. Alguns que aparentam ser inimigos da verdade, empregarão, pela providência divina, os seus meios para comprar propriedades e construir edifícios. Com o tempo essas propriedades serão oferecidas à venda a preço muito inferior ao seu custo. Nossos irmãos reconhecerão nesses oferecimentos a mão da Providência, e comprarão assim propriedades excelentes para serem usadas na obra de educação. Planejarão e agirão com humildade, abnegação e sacrifício. Assim é que homens de posses estão inconscientemente preparando auxiliares que permitirão ao povo de Deus fazer a Sua obra avançar rapidamente. TS3 85 6 Em vários lugares serão compradas propriedades para serem usadas como sanatórios. Nossos irmãos devem estar alerta às oportunidades de comprar, distante das cidades, propriedades em que já haja edifícios e pomares em plena produção. A terra é uma propriedade valiosa. Junto aos nossos sanatórios deve haver terrenos, dos quais uma pequena parte pode ser usada para a construção de residências dos funcionários e de outras pessoas que se preparam para a obra médico-missionária. Instituições gigantescas TS3 86 1 Foi-me muitas vezes mostrado que não é sábio construir instituições gigantescas. Não é pelo tamanho de uma instituição que deve ser avaliada a grandeza da obra em prol das almas. Um sanatório gigantesco exige muitos obreiros. E onde muitos deles estiverem reunidos, é sobremodo difícil manter padrão elevado de espiritualidade. Numa instituição grande costuma acontecer que os cargos de responsabilidade são desempenhados por obreiros faltos de espiritualidade, que não exercem sabedoria no procedimento com os que, se fossem sabiamente tratados, seriam despertados, convencidos e convertidos. TS3 86 2 Não foi feita em nossos sanatórios, a quarta parte do trabalho que poderia haver sido feito, de abrir as Escrituras aos pacientes, e isso teria sido feito em nossos sanatórios se os próprios obreiros houvessem recebido ampla instrução religiosa. TS3 86 3 Onde muitos obreiros estão reunidos num lugar, é necessária uma administração de grau espiritual muito mais elevado do que em geral tem sido mantida em nossos grandes sanatórios. TS3 86 4 Poderia parecer-nos que fosse melhor escolher para os nossos sanatórios lugares em meio aos ricos; que isso daria feição à nossa obra, e garantiria amparo para as nossas instituições. Mas não há nisso lógica. "O Senhor não vê como vê o homem." 1 Samuel 16:7. O homem atenta para a aparência externa; Deus observa o coração. Quanto menos grandes edifícios houver em volta das nossas instituições, tanto menos mortificação experimentaremos. ... TS3 86 5 Nossos sanatórios não deverão ser localizados próximo das residências de pessoas ricas, onde serão considerados como uma inovação e objeto de aversão, e comentados desfavoravelmente porque recebem a humanidade sofredora de toda espécie. A religião pura e imaculada faz dos que são filhos de Deus uma só família, ligados com Cristo em Deus. Mas o espírito do mundo é orgulhoso, parcial, exclusivista e favorece apenas uns poucos. -- Testimonies for the Church 7:88, 89 (1902). ------------------------Capítulo 19 -- O sinal da nossa ordem TS3 87 1 Um Espírito de irreverência e negligência na observância do sábado é suscetível de manifestar-se em nossos sanatórios. Sobre os homens que têm a responsabilidade da obra médico-missionária, recai a incumbência de instruir médicos, enfermeiros e auxiliares no tocante à santidade do santo dia de Deus. Especialmente, deve cada médico esforçar-se para dar exemplo correto. A natureza das suas obrigações, naturalmente o leva a sentir-se justificado por fazer, no sábado, muitas coisas que deveria evitar. Na medida do possível deve ele planejar o seu trabalho de maneira tal que possa afastar-se das ocupações habituais. TS3 87 2 Muitas vezes, médicos e enfermeiros são chamados durante o sábado para atender ao enfermo, e algumas vezes lhes é impossível dispor de tempo para repouso e assistência aos cultos devocionais. As necessidades da humanidade sofredora não devem jamais ser negligenciadas. Por Seu exemplo o Salvador nos mostrou que é correto aliviar os sofrimentos no sábado. O trabalho desnecessário, porém, tal como tratamentos usuais e operações, que possam ser adiados, devem sê-lo. Faça-se com que os pacientes compreendam que os médicos e auxiliares precisam de um dia de repouso. Faça-se compreenderem que os obreiros temem a Deus, e querem santificar o dia que Ele separou para os Seus seguidores observarem como sinal entre Ele e eles. TS3 87 3 Os educadores e os que forem instruídos em nossas instituições médicas devem lembrar que a guarda correta do sábado tem muito valor para eles e para a clientela. Com a observância do sábado, que Deus manda santificar, apresentam eles o sinal da sua comissão, mostrando claramente que estão ao lado de Deus. TS3 87 4 Agora e sempre teremos que manter-nos como um povo separado e peculiar, isento de toda a prática mundana, sem compromissos de confederação com os que não possuem sabedoria para discernir os reclamos de Deus, tão claramente expostos em Sua lei. Todas as nossas instituições médicas são estabelecidas como instituições adventistas do sétimo dia, para representarem os vários aspectos da obra evangélica médico-missionária, e assim preparar o caminho para a vinda do Senhor. Devemos mostrar que tratamos de agir em harmonia com o Céu. Temos que dar a todas as nações, e tribos, e línguas, testemunho de que somos um povo que ama e teme a Deus, um povo que santifica o Seu memorial da criação, que é, entre Ele e os Seus filhos obedientes, o sinal de que Ele os santifica. E devemos nitidamente mostrar a nossa fé na breve vinda de nosso Senhor nas nuvens do céu. TS3 88 1 Como povo, temos sido grandemente humilhados com o procedimento que alguns de nossos irmãos ocupantes de cargos de responsabilidade têm tido ao se apartarem dos limites antigos. Há os que, com o fito de executarem os seus planos, por palavras negaram a sua fé. Mostra isto a pouca confiança que podemos depositar na sabedoria e critério humanos. Agora, como nunca dantes, precisamos ver o perigo de ser incautamente desviados da fidelidade aos mandamentos de Deus. É-nos preciso reconhecer que Deus nos confiou uma mensagem categórica de advertência para o mundo, assim como confiou a Noé uma mensagem de advertência para os antediluvianos. TS3 88 2 Guarde-se o nosso povo de minimizar a importância do sábado, para se unirem aos incrédulos. Guarde-se de apartar-se dos princípios da nossa fé, fazendo aparentar que não há mal em conformar-se com o mundo. Temam atentar para o conselho de homem algum, qualquer que seja a sua posição, que vá contra aquilo que Deus estabeleceu para manter o Seu povo separado do mundo. O perigo do conselho mundano TS3 88 3 O Senhor está provando o Seu povo, para ver quem se manterá fiel aos princípios de Sua verdade. Nossa tarefa consiste em proclamar ao mundo a primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Na desincumbência de nossas obrigações não devemos menosprezar nem temer os adversários. Não consta da ordem divina que, por meio de contratos, nos liguemos aos que não pertencem à nossa fé. Devemos tratar com bondade e cortesia os que se recusam a ser fiéis a Deus, mas nunca, nunca a eles nos unir em concílios que visem aos interesses vitais de Sua obra. Pondo a nossa confiança em Deus, devemos avançar constantemente, fazendo o Seu trabalho com abnegação, com humilde confiança nEle, confiando-nos às Suas providências tanto nós mesmos como tudo quanto se relaciona com o nosso presente e futuro, retendo firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim, lembrando que não recebemos as bênçãos do Céu pelos nossos merecimentos, mas pelos méritos de Cristo e nossa aceitação da abundante graça divina pela fé nEle. TS3 88 4 Oro para que os meus irmãos reconheçam que a terceira mensagem angélica tem muita significação para nós, e que a observância do verdadeiro sábado se destina a ser o sinal que distingue os que servem a Deus dos que O não servem. Acordem os que ficaram sonolentos e indiferentes. Somos convidados para ser santos, e devemos cuidadosamente evitar dar a impressão de que pouco importará o retermos ou não os traços distintivos de nossa fé. Sobre nós recai a solene obrigação de assumir atitude mais firme em prol da verdade e da justiça, do que o fizemos no passado. A fronteira de demarcação entre os que guardam os mandamentos de Deus e os que os não guardam deve ser revelada com clareza inequívoca. Devemos conscienciosamente honrar a Deus, usando diligentemente todos os meios para manter relações de concerto com Ele, a fim de recebermos as Suas bênçãos -- bênçãos tão necessárias para quem irá ser provado com tamanha severidade. Dar a impressão de que nossa fé, nossa religião, não nos é um poder dominante na vida, equivale a desonrar grandemente a Deus. Em assim fazendo, desviamo-nos dos Seus mandamentos, que são a nossa vida, negando que Ele é o nosso Deus e nós os Seus filhos. ------------------------Capítulo 20 -- O Sábado em nossos restaurantes TS3 89 1 Alguém fez a pergunta: "Deverão os nossos restaurantes funcionar nos sábados?" Minha resposta é: Não, não! A observância do sábado é o nosso testemunho em prol de Deus -- a marca, o sinal, entre Ele e nós de que somos o Seu povo. Essa marca nunca deverá ser apagada. TS3 89 2 Caso os nossos obreiros fornecessem refeições em nossos restaurantes, justamente como o fazem durante toda a semana, a todas as pessoas que ali comparecessem, onde estaria o seu dia de repouso? Que oportunidade teriam de refazer as forças físicas e espirituais? TS3 89 3 Não faz muito tempo, foi-me concedido esclarecimento especial sobre esse assunto. Foi-me mostrado que iriam ser feitos esforços para demolir a nossa norma da observância do sábado; que os homens pediriam que os nossos restaurantes fossem abertos aos sábados; porém que isso nunca deveria ser feito. TS3 89 4 Tive a visão de uma cena. Era sexta-feira, em nosso restaurante de São Francisco. Vários obreiros estavam ocupados com o empacotamento de alimentos que poderiam ser com facilidade levados para casa pelas pessoas; e algumas delas estavam esperando que o pacote lhes fosse entregue. Perguntei o que significava aquilo, e os obreiros me disseram que alguns dos seus clientes estavam perplexos porque, pelo fechamento do restaurante, não lhes era possível, no sábado, conseguirem a mesma espécie de alimento com que estavam acostumados durante a semana. Reconhecendo o valor dos alimentos saudáveis que obtinham no restaurante, haviam protestado contra a privação que sofriam no sétimo dia, e pedido aos dirigentes do restaurante que o mantivessem aberto cada dia da semana, apontando-lhes o que iriam sofrer se isso não fosse feito. "O que a senhora está vendo hoje", disseram os obreiros, "é a nossa resposta a esse pedido de alimentos saudáveis para o sábado. Essas pessoas levam, na sexta-feira, alimento que lhes dura até ao sábado, e dessa forma evitamos condenação pela recusa de abrir o restaurante no sábado." TS3 90 1 A fronteira de demarcação entre o nosso povo e o mundo deve sempre ser mantida insofismavelmente certa. A nossa plataforma é a lei de Deus, em que nos é mandado que observemos o sábado; pois, como está claramente mencionado no capítulo trinta e um de Êxodo, a observância do sábado é um sinal entre Deus e o Seu povo. "Certamente guardareis Meus sábados", declara Ele, "porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica... Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-Se." Êxodo 31:13, 17. TS3 90 2 Devemos atender a um "assim diz o Senhor", muito embora pela nossa obediência causemos grande estorvo aos que não manifestam respeito pelo sábado. Numa parte temos as supostas necessidades do homem; na outra, os mandamentos de Deus. Qual nos merece mais consideração? TS3 90 3 Em nossos sanatórios, o grupo de pacientes, juntamente com os médicos, enfermeiros e funcionários, devem ser alimentados no sábado, como qualquer família, com o mínimo trabalho possível. Nossos restaurantes, porém, não deverão funcionar no dia do sábado. Seja esse dia concedido aos obreiros para o culto a Deus. As portas fechadas no sábado assinalam o restaurante como um memorial de Deus, memorial que declara que o sétimo dia é o sábado, e que nele não deve ser feito trabalho algum desnecessário. TS3 90 4 Foi-me instruído que um dos motivos principais da instalação de restaurantes que sirvam alimento saudável, e salas de tratamentos no centro das grandes cidades é que, por esse meio a atenção das pessoas influentes será atraída para a terceira mensagem angélica. Ao notarem que esses restaurantes são dirigidos de maneira inteiramente diversa dos restaurantes comuns, os homens inteligentes irão verificar as razões para a diferença nos métodos comerciais, e pesquisarão os princípios que nos induzem a servir alimento melhor. Serão, assim, levados ao conhecimento da mensagem para este tempo. TS3 91 1 Ao verificarem os homens pensantes que os nossos restaurantes permanecem fechados no sábado, inquirirão acerca dos princípios que nos levam a cerrar as portas nesse dia. Com responder-lhes às perguntas, teremos a oportunidade de familiarizá-los com as razões da nossa fé. Poderemos fornecer-lhes exemplares das nossas revistas e folhetos, a fim de que se habilitem para a compreensão da diferença existente entre "o que serve a Deus e o que O não serve". Malaquias 3:18. TS3 91 2 Nem todos quantos pertencem ao nosso povo são tão escrupulosos, no tocante a observância do sábado, quanto deveriam sê-lo. Ajude-os Deus a reformarem-se. Convém ao chefe de cada família assentar os pés firmemente na plataforma da obediência. ------------------------Capítulo 21 -- Alimentos saudáveis TS3 91 3 Cooranbong, New South Wales, 10 de Março de 1900 TS3 91 4 No decorrer da noite passada, muitas coisas me foram reveladas. A confecção e venda de alimentos saudáveis requererá atenta consideração, acompanhada de oração. TS3 91 5 Há em muitos lugares muitas mentes a quem o Senhor por certo concederá o conhecimento da confecção de alimentos saudáveis e apetitosos, se Ele vir que irão usar esse conhecimento na maneira correta. Estão-se os animais tornando mais e mais enfermos, e não demorará muito até que o alimento cárneo tenha que ser abandonado por muitos, além dos adventistas do sétimo dia. Devem ser preparados alimentos saudáveis e nutritivos, para que os homens e mulheres não tenham que comer carne. TS3 91 6 O Senhor ensinará a muitos, em toda parte do mundo, a combinar frutas, cereais e verduras numa alimentação que sustenha a vida e não produza doença. Os que nunca viram as receitas dos alimentos saudáveis que agora há a venda, procederão inteligentemente com experimentar os alimentos que a terra produz, e ser-lhes-á concedido entendimento no tocante a esses produtos. O Senhor lhes mostrará o que fazerem. Aquele que concede habilidade e sabedoria ao Seu povo numa parte do mundo, concederá habilidade e sabedoria ao Seu povo noutras partes do mundo. É Seu desígnio que as preciosidades alimentares de cada país sejam preparadas de forma tal que possam ser usadas nos países a que se destinam. Assim como Deus forneceu do Céu o maná para o sustento dos filhos de Israel, também dará ao Seu povo, em diferentes lugares, habilidade e sabedoria para usarem os produtos desses países no preparo de alimentos que substituam a carne. Esses alimentos deverão ser feitos nos diferentes países; o seu transporte de um país para outro torna-os tão dispendiosos que os pobres não podem adquiri-los. Nunca convirá confiar nos Estados Unidos para o fornecimento, a outros países, de alimentos saudáveis. Grande dificuldade haverá para não sofrer prejuízos com os artigos importados... TS3 92 1 Compete-nos ser sábios no preparo de alimentos saudáveis, simples e baratos. Muitos dentre o nosso povo são pobres, e devem ser produzidos alimentos saudáveis que possam ser supridos a preços que estejam ao seu alcance. É desígnio do Senhor que as pessoas mais pobres de cada lugar se supram de alimentos saudáveis e baratos. Em muitos lugares deverão ser instaladas indústrias para a confecção desses alimentos. O que constitui uma bênção para a obra num lugar, sê-lo-á também noutro, onde o dinheiro é mais difícil de ganhar. TS3 92 2 Deus está atuando em favor de Seu povo. Ele não quer que fiquem sem recursos. Está reconduzindo-os ao regime alimentar fornecido originalmente ao homem. Esse regime deve consistir em alimentos feitos com produtos que Ele proveu. Os produtos principais usados na confecção desses alimentos serão frutas, cereais e frutos oleaginosos, mas várias raízes também serão usadas. TS3 92 3 Os lucros obtidos com esses alimentos deverão provir em grande parte do mundo, e não do povo do Senhor. O povo de Deus tem que sustentar a Sua obra; deverão penetrar em campos novos e instalar igrejas. Sobre eles recai a responsabilidade de muitos empreendimentos missionários. Nenhuma obrigação desnecessária deverá sobre eles pesar. Para o Seu povo, Deus é um arrimo presente em todo tempo de necessidade. TS3 92 4 Grande cuidado deverá ser exercido pelos que preparam receitas para as nossas revistas de saúde. Alguns dos alimentos especiais que são agora preparados poderão ser melhorados, e os nossos planos referentes ao seu uso terão de ser alterados. Algumas pessoas têm abusado dos pratos que contêm frutos oleaginosos. Algumas me têm escrito, dizendo: "Não podemos usar alimentos que contenham frutos oleaginosos; que deverei usar em substituição da carne?" Uma noite me pareceu estar perante um grupo de pessoas, dizendo-lhes que as nozes são por elas usadas em quantidade demasiada no preparo dos alimentos; que o organismo não as pode suportar quando usadas na quantidade em que aparecem em certas receitas apresentadas; e que, se fossem usadas em menor quantidade os resultados seriam mais satisfatórios. TS3 93 1 O Senhor quer que os que vivem em países onde é possível obterem-se frutas frescas em grande parte do ano, se compenetrem da bênção que têm nessas frutas. Quanto maior for o uso que fizermos de frutas frescas, tais como são apanhadas da árvore, maior será a bênção. TS3 93 2 Algumas pessoas, depois de adotarem regime vegetariano, voltam ao uso da alimentação cárnea. Isso é grande insensatez, e revela falta de conhecimento da maneira de prover o alimento que substitui a carne. TS3 93 3 Escolas culinárias, dirigidas por instrutores hábeis, deverão ser instaladas nos Estados Unidos e noutras terras. Tudo quanto nos for possível fazer, deverá ser feito, para mostrar ao povo o valor da reforma do regime alimentar. ... A produção de alimentos saudáveis TS3 93 4 Em todos os nossos planos devemos lembrar que a obra do alimento saudável é propriedade divina, e que dela não deve ser feita especulação financeira para lucro pessoal. Ela é uma dádiva divina para o Seu povo, e os lucros deverão ser usados para o bem da humanidade sofredora de toda parte. ... TS3 93 5 Alguns dos nossos irmãos fizeram um trabalho que causou grande dano à causa. O conhecimento dos métodos de produção de alimento saudável, que Deus concedeu ao Seu povo como meio de auxiliar a manutenção da Sua causa, esses homens os revelaram a negociantes mundanos, que os estão utilizando para a obtenção de lucro pessoal. Venderam os bens divinos em troca de lucro pessoal. Os que assim revelaram os segredos de que eram possuidores, relacionados com a preparação de alimentos saudáveis, traíram um legado divino. Ao verem o resultado dessa traição de confiança, alguns lamentarão amargamente o não haverem deixado sua própria orientação e esperado que o Senhor guiasse os Seus servos e executasse os Seus próprios planos. Alguns dos que se apossam desses segredos planejarão embaraçar o departamento de alimentação do nosso sanatório e, por meio da falsidade enganarão os que o dirigem, prejudicando-os. TS3 93 6 O negócio dos alimentos saudáveis não deve ser tomado por empréstimo ou roubado dos que, na sua gerência, se empenham por fomentar e fazer avançar a causa de Deus... TS3 93 7 Eu tenho uma admoestação para os que possuem conhecimento dos métodos de produção dos alimentos saudáveis especiais, elaborados em nossas fábricas. Não devem eles usar o seu conhecimento com propósitos egoístas, ou de maneira a desonrar a causa. Tampouco devem divulgar esse conhecimento. Tomem as igrejas a seu cargo este assunto e mostrem a esses irmãos que semelhante procedimento é uma traição de confiança, que trará descrédito sobre a causa. ------------------------Capítulo 22 -- Educar o povo TS3 94 1 Onde quer que a verdade for proclamada, deve ser ministrada instrução quanto ao preparo de alimentos saudáveis. Deus quer que em todo lugar o povo seja ensinado a usar judiciosamente os produtos que podem ser encontrados com facilidade. Instrutores peritos devem mostrar ao povo a utilização, para seu maior proveito, dos produtos que podem produzir ou conseguir na sua região do país. Assim, tanto os pobres como os que estão em melhores condições, poderão aprender a viver com boa saúde. TS3 94 2 Desde o início da obra da reforma do regime alimentar, consideramos necessário instruir, instruir, instruir. Deus quer que prossigamos nessa obra de instruir o povo. Não devemos dela descuidar-nos pelo temor do efeito que terá sobre a venda dos produtos alimentares preparados em nossas fábricas. Não é esse o assunto de maior importância. Nossa obra é mostrar ao povo como conseguir e preparar o alimento mais saudável, como poderão cooperar com Deus na restauração em si próprios, da Sua imagem moral. ... TS3 94 3 É desígnio divino que em toda parte homens e mulheres sejam animados a desenvolver seus talentos pelo preparo de alimentos saudáveis dos produtos em estado natural, oriundos da sua própria região do país. Se recorrerem a Deus, exercendo perícia e habilidade sob a guia do Seu Espírito, aprenderão a transformar em alimentos saudáveis os produtos em estado natural. Conseguirão, dessa forma, ensinar os pobres a proverem-se de alimentos que substituirão a alimentação cárnea. Os que assim forem auxiliados, poderão por sua vez instruir outros. Semelhante trabalho será, ainda, feito com zelo e energia consagrados. Caso fora antes executado, haveria hoje muito mais pessoas na verdade, e outras mais que poderiam ministrar instruções. Aprendamos qual é o nosso dever, e depois façamo-lo. Não devemos ficar na dependência de outros e incapacitados, confiando noutros para o trabalho que Deus nos confiou a nós. TS3 95 1 No uso dos alimentos devemos exercer discernimento e bom senso. Ao percebermos que certo alimento nos não convém, não precisamos escrever cartas de consulta para aprender a causa do distúrbio. Mudemos a dieta; usemos menor quantidade de alguns alimentos; experimentemos outras preparações. Logo saberemos o efeito que sobre nós têm certas combinações. Como seres inteligentes, estudemos individualmente os princípios e usemos a nossa experiência e discernimento para decidir quanto a que alimentos mais nos convêm. TS3 95 2 Os alimentos usados deverão adaptar-se às nossas ocupações e ao clima em que vivemos. Alguns alimentos convenientes num país não o serão noutro. TS3 95 3 Algumas pessoas há que mais proveito terão com abster-se de todo alimento durante um ou dois dias na semana, do que com qualquer quantidade de tratamentos ou orientação médica. O jejum de um dia na semana ser-lhes-ia de proveito incalculável. TS3 95 4 Foi-me instruído que o alimento composto de frutos oleaginosos é muitas vezes usado sem critério, que é usado em quantidade demasiada, e que alguns deles não são tão saudáveis quanto outros. A amêndoa é preferível ao amendoim; mas este, em pequena quantidade, pode ser usado juntamente com cereais para formar um alimento nutritivo e digesto. TS3 95 5 As azeitonas podem ser preparadas de modo tal que sejam comidas com bons resultados em cada refeição. O proveito visado com o uso da manteiga pode ser obtido substituindo-a por azeitonas devidamente preparadas. O óleo das azeitonas corrige a constipação, e para os tuberculosos e os que sofrem de inflamação e irritação do estômago, ele é melhor do que qualquer medicamento. Como alimento, é melhor do que qualquer gordura de segunda mão, de origem animal. TS3 95 6 Convir-nos-ia cozinhar menos e comer mais frutas em estado natural. Ensinemos o povo a comer abundantemente uvas, maçãs, pêssegos, pêras, amoras e toda outra espécie de frutas que seja possível conseguir. Sejam elas preparadas e conservadas para uso no inverno, usando-se quanto possível vidros, em vez de latas. A reforma progressiva do regime alimentar TS3 95 7 No tocante ao alimento cárneo, devemos instruir o povo a nele não tocar. Seu uso é prejudicial ao melhor desenvolvimento das faculdades físicas, mentais e morais. Devemos fazer campanha decidida contra o uso do chá e do café. Convém, também, abster-se das sobremesas complicadas. Leite, ovos e manteiga não devem ser classificados como alimento cárneo. Nalguns casos o uso de ovos é proveitoso. Não chegou ainda o tempo de dizer que deva ser inteiramente abandonado o uso de leite e ovos. Famílias pobres existem, cuja alimentação consiste grandemente em pão e leite. Usam pouca fruta, e não podem comprar alimentos como as nozes. No ensino da reforma do regime alimentar, como em todo outro ramo do evangelho, devemos considerar as pessoas em sua verdadeira situação. Até que possamos ensiná-las a prepararem alimento saudável que seja apetitoso, nutritivo, e ao mesmo tempo econômico, não temos a liberdade de apresentar-lhes as sugestões mais avançadas referentes à reforma alimentar. TS3 96 1 Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-se-lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda a criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. TS3 96 2 Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. Aprendam a viver de maneira saudável, ensinando a outros o que aprenderam. Partilhem esse conhecimento como o fariam com a instrução bíblica. Ensinem às pessoas a, evitando a grande quantidade de cozimentos que têm enchido o mundo de inválidos crônicos, preservarem a saúde e o vigor. Por preceito e exemplo, esclareçam que o alimento que Deus deu a Adão em seu estado isento de pecado, é o melhor para o uso do homem, ao buscar ele reaver esse estado de pureza. ... TS3 96 3 Reforma, reforma contínua precisa ser mantida perante o povo, e por meio do nosso exemplo devemos confirmar o nosso ensino. A verdadeira religião e as leis da saúde andam de mãos dadas. É impossível trabalhar em prol da salvação de homens e mulheres sem apresentar-lhes a necessidade do afastamento dos prazeres pecaminosos, que destroem a saúde, aviltam a alma e impedem a verdade divina de impressionar a mente. Homens e mulheres precisam ser ensinados a vigiarem atentamente todo hábito e prática, e imediatamente evitarem as coisas que produzem estado insalubre do organismo e conseqüente sombra escura sobre a mente. Deus quer que os Seus luminares se proponham sempre norma elevada. Por preceito e exemplo, devem manter elevada a sua norma perfeita acima da falsa norma de Satanás que, se for seguida, produzirá miséria, degradação, doença e morte, tanto do corpo como da alma. Os que alcançaram conhecimento acerca da maneira de comer, beber e vestir para a preservação da saúde, partilhem com outros esse conhecimento. Ministre-se aos pobres o evangelho da saúde, de modo prático, para que saibam cuidar devidamente do corpo, que é o templo do Espírito Santo. ------------------------Capítulo 23 -- Nossas casas publicadoras TS3 97 1 "Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor", para "proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus." Isaías 61:2. TS3 97 2 Nossa obra de publicações foi estabelecida por direção de Deus e sob a Sua especial supervisão. Teve por desígnio o preenchimento de um propósito definido. Os adventistas do sétimo dia foram escolhidos por Deus como um povo peculiar, separado do mundo. Com a grande talhadeira da verdade Ele os cortou da pedreira do mundo, e os ligou a Si. Tornou-os representantes Seus, e os chamou para serem embaixadores Seus na obra final de salvação. O maior tesouro da verdade já confiado a mortais, as mais solenes e terríveis advertências que Deus já enviou aos homens, foram confiadas a este povo, a fim de serem transmitidas ao mundo; e na realização dessa obra nossas casas publicadoras se encontram entre os mais eficientes meios. TS3 97 3 Estas instituições devem ser testemunhas de Deus, mestres de justiça para o povo. Delas deve irradiar luz, como de uma lâmpada incandescente. Como grande luz num farol ou numa costa perigosa, devem emitir constantemente raios de luz que penetrem as trevas do mundo, para advertir os homens dos perigos que ameaçam produzir-lhes a destruição. TS3 97 4 As publicações expedidas de nossas casas publicadoras devem preparar um povo para encontrar-se com Deus. Através de todo o mundo devem elas fazer a mesma obra feita por João Batista para a nação judaica. Mediante comovedoras mensagens de advertência, o profeta de Deus despertou das fantasias mundanas os homens. Por meio dele chamou Deus ao arrependimento o Israel apostatado. Por suas apresentações da verdade expunha ele os enganos populares. Em contraste com as falsas teorias de seu tempo, a verdade contida em seus ensinos se destacava como uma certeza eterna. "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus", era a mensagem de João. Mateus 3:2. Esta mesma mensagem, por meio de publicações de nossas casas editoras, deve ser proclamada ao mundo hoje. TS3 98 1 A profecia cumprida pela missão de João, esboça a nossa obra: "Preparai o caminho do Senhor, endireitei as Suas veredas." Mateus 3:3. Assim como João preparou o caminho para o primeiro advento de Cristo, devemos nós prepará-lo para o segundo advento do Salvador. Nossos estabelecimentos de publicações devem exaltar as reivindicações da lei de Deus calcada a pés. Enfrentando o mundo como reformadores, devem mostrar que a lei de Deus é a base de toda reforma duradoura. Em termos claros e distintos, devem apresentar a necessidade da obediência a todos os Seus mandamentos. Constrangidos pelo amor de Cristo, devem com Ele cooperar na edificação dos lugares antigamente assolados, levantando os fundamentos de muitas gerações. Devem ser reparadores das roturas, restauradores das veredas para morar. Por seu testemunho deve o sábado do quarto mandamento apresentar-se como uma testemunha: um constante memorial de Deus, para atrair a atenção e despertar perguntas que dirijam o espírito dos homens para seu Criador. TS3 98 2 Não se esqueça jamais que essas instituições devem cooperar com o ministério dos representantes do Céu. Acham-se entre as forças representadas pelo anjo a voar "pelo meio do Céu", e que "tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo." Apocalipse 14:6, 7. TS3 98 3 Deles deve partir a terrível denúncia: "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição." Apocalipse 14:8. TS3 98 4 São representados pelo terceiro anjo que se seguiu, "dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus". Apocalipse 14:9, 10. A responsabilidade de nossas casas publicadoras TS3 98 5 É em grande parte por meio de nossas casas editoras que se há de efetuar a obra daquele outro anjo que desce do Céu com grande poder e, com sua glória, ilumina a Terra. TS3 98 6 Solene é a responsabilidade que repousa sobre nossas casas publicadoras. Os que administram essas instituições, os que dirigem os periódicos e preparam os livros, achando-se, como se acham, à luz dos propósitos divinos, e chamados para dar a advertência ao mundo, são tidos por Deus como responsáveis pela alma de seus semelhantes. A eles, bem como aos ministros da palavra, aplica-se a mensagem dada por Deus ao Seu profeta da antiguidade: "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua impiedade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão." Ezequiel 33:7, 8. TS3 99 1 A tempo algum esta mensagem se aplicou com maior força do que ao de hoje. Mais e mais o mundo despreza as reivindicações divinas. Os homens têm-se tornado ousados na transgressão. A maldade dos habitantes do mundo já quase encheu a medida da sua iniqüidade. Esta Terra já quase chegou ao ponto em que Deus há de permitir ao destruidor operar com ela segundo sua vontade. A substituição da lei de Deus pelas dos homens, a exaltação, por autoridade meramente humana, do domingo, posto em lugar do sábado bíblico, é o derradeiro ato do drama. Quando essa substituição se tornar universal, Deus Se revelará. Ele Se erguerá em Sua majestade para sacudir terrivelmente a Terra. Sairá de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por sua iniqüidade, e a Terra descobrirá seu sangue, e não mais esconderá seus mortos. TS3 99 2 O grande conflito que Satanás originou nas cortes celestiais cedo, bem cedo, há de ser para sempre decidido. Logo, todos os habitantes da Terra terão tomado partido, ou a favor ou contra o governo do Céu. Hoje, como nunca dantes, Satanás está exercendo seu poder para iludir, desviar e destruir toda alma incauta. Somos chamados a despertar o povo a fim de se preparar para os grandes acontecimentos que o aguardam. Temos que advertir os que se acham à beira da ruína. O povo de Deus deve pôr em ação todas as faculdades para combater as falsidades de Satanás e derribar suas fortalezas. A todo ser humano no vasto mundo, que dê ouvidos, devemos esclarecer os princípios que se acham em jogo no grande conflito, princípios de que depende o destino eterno da alma. Ao povo de longe e de perto devemos apresentar a questão: "Estais vós seguindo o grande apóstata na desobediência à lei de Deus, ou o Filho de Deus, que declarou: 'Eu tenho guardado os mandamentos de Meu Pai'?" João 15:10. TS3 99 3 Esta é a obra que nos defronta; para ela foram estabelecidas as nossas instituições; esta é a obra que Deus delas espera. Demonstrações de princípios cristãos TS3 99 4 Devemos não somente publicar a teoria da verdade, mas também apresentar no caráter e vida uma ilustração prática da mesma. Nossos estabelecimentos de publicações devem estar perante o mundo como uma concretização dos princípios cristãos. Se nessas instituições se cumpre o propósito de Deus para com elas, o próprio Cristo Se encontra à testa dos obreiros. Santos anjos superintendem o trabalho em todas as seções. E tudo quanto é feito em qualquer ramo, deve levar o selo da aprovação do Céu, para apresentar a excelência do caráter de Deus. TS3 100 1 Deus ordenou que Sua obra seja apresentada ao mundo em molde santo, distinto. Quer Ele que Seu povo mostre por seu viver a vantagem do cristianismo sobre o mundanismo. Por Sua misericórdia, foram tomadas todas as providências para que nós, em todas as transações comerciais, demonstremos a superioridade dos princípios celestiais sobre os do mundo. Devemos mostrar que trabalhamos segundo um plano mais elevado do que o dos mundanos. Em todas as coisas devemos manifestar pureza de caráter, mostrar que a verdade recebida e obedecida torna os recebedores filhos e filhas de Deus, filhos do Rei celeste, e, como tais, são honestos em seu trato, fiéis, verdadeiros e sinceros, tanto nas coisas mínimas da vida como nas máximas. TS3 100 2 Em toda a nossa obra, mesmo em ramos mecânicos, deseja Deus que apareça a perfeição de Seu caráter. A exatidão, habilidade, tato, sabedoria e perfeição que Ele exigiu na construção do tabernáculo terrestre, deseja sejam aplicados a tudo quanto se faça em Seu serviço. Toda e qualquer transação efetuada por Seus servos deve ser pura e preciosa à Sua vista, como o foram o ouro, incenso e mirra que, com fé sincera e incorrupta, os magos do Oriente trouxeram ao menino Salvador. TS3 100 3 Assim devem os seguidores de Cristo, em sua vida comercial, ser uma luz para o mundo. Deus não lhes pede que façam esforço para brilhar. Não aprova Ele nenhuma tentativa inspirada pela satisfação própria, para ostentar bondade superior. Deseja que sua alma se encha de princípios do Céu e, então, ao entrarem em contato com o mundo, revelarão a luz que neles há. Sua honestidade, sinceridade e firme fidelidade em todos os atos da vida, serão um meio de disseminar a luz. TS3 100 4 O reino de Deus não vem com ostentação exterior. Vem pela suave inspiração de Sua palavra, pela operação interior de Seu Espírito, pela comunhão da alma com Aquele que é a vida. A maior manifestação de seu poder vê-se na natureza humana levada à perfeição do caráter de Cristo. TS3 100 5 Uma aparência de fortuna ou elevada posição, construções ou mobiliário dispendiosos, não são essenciais ao avançamento da obra de Deus; tampouco o são as realizações que granjeiam o aplauso dos homens e servem à vaidade. A ostentação mundana, por imponente que seja, não tem valor algum perante Deus. TS3 101 1 Conquanto seja nosso dever buscar a perfeição nas coisas exteriores, cumpre ter sempre em mente que este objetivo não deve tornar-se supremo. Deve manter-se subordinado aos interesses mais elevados. Acima do visível e transitório, avalia Deus o invisível e eterno. O primeiro só tem valor quando expressa o último. As mais seletas produções de arte não possuem beleza que se possa comparar com a formosura de caráter, que é fruto da operação do Espírito Santo na alma. TS3 101 2 Ao dar Deus Seu Filho ao mundo, dotou os seres humanos de riquezas imperecíveis -- riquezas que, em se comparando com elas os tesouros dos homens, acumulados desde o princípio do mundo, estes nada são. Cristo veio ao mundo e Se apresentou aos filhos dos homens com o amor acumulado na eternidade, e este é o tesouro que, mediante nossa ligação a Ele, devemos receber, revelar e comunicar. TS3 101 3 Nossas instituições imprimirão dignidade à obra de Deus justamente na medida da consagrada devoção dos obreiros -- revelando estes o poder da graça de Cristo para transformar a vida. Devemos ser diferentes do mundo porque Deus sobre nós colocou o Seu selo e porque manifesta em nós o Seu próprio caráter de amor. Nosso Redentor nos cobre com Sua justiça. TS3 101 4 Ao escolher homens e mulheres para Seu serviço, Deus não indaga se possuem saber, eloqüência ou riquezas mundanas. Pergunta: "Andam eles com tanta humildade, que Eu lhes possa ensinar os Meus caminhos? Posso pôr-lhes nos lábios as Minhas palavras? Representar-me-ão eles?" TS3 101 5 Deus pode servir-Se de cada pessoa na proporção exata em que Lhe é possível pôr o Seu Espírito no templo da alma. A obra que aceita, é aquela que Lhe reflete a imagem. Seus seguidores devem apresentar, como credenciais perante o mundo, as indeléveis características de Seus princípios imortais. Agentes missionários TS3 101 6 Nossas casas publicadoras são centros designados por Deus, e por meio delas há de ser realizada uma obra cuja magnitude não é ainda compreendida. Há ramos de esforço e influência ainda quase não tocados por elas, nos quais Deus solicita a sua cooperação. TS3 101 7 É desígnio de Deus que à medida que a mensagem da verdade penetre em campos novos, prossiga constantemente a obra de estabelecer centros novos. Através de todo o mundo deve o Seu povo erguer monumentos de Seu sábado -- o sinal entre Ele e eles de que Ele é quem os santifica. Em vários pontos, nos campos missionários, devem estabelecer-se casas publicadoras. Dar dignidade à obra, servir de centros de esforço e influência, atrair a atenção do povo, desenvolver os talentos e capacidades dos crentes, unir as novas igrejas e apoiar os esforços dos obreiros, dando-lhes recursos para mais pronta transmissão da mensagem -- todas essas e muitas considerações mais, obrigam o estabelecimento de centros de publicações em campos missionários. TS3 102 1 Dessa obra é privilégio, sim, é dever de nossas instituições já estabelecidas, participar. Essas instituições foram fundadas com sacrifício. Foram erguidas graças aos donativos de abnegação do povo de Deus e ao desinteressado labor de Seus servos. É desígnio de Deus que eles manifestem o mesmo espírito de sacrifício e façam a mesma obra ajudando o estabelecimento de centros novos noutros campos. TS3 102 2 Tanto para instituições como para indivíduos prevalece a mesma lei: não se devem concentrar em si mesmos. Ao ser estabelecida uma instituição, e crescer em força e influência, não deve ela estar constantemente procurando conseguir maiores recursos para si mesma. A respeito de cada instituição, tanto como de cada indivíduo, é verdade que recebe para dar. Deus nos dá a fim de podermos dar também. Logo que uma instituição haja conseguido firmar-se, deve empenhar-se em auxiliar outros agentes divinos que se encontrem em maior necessidade. TS3 102 3 Isto está em conformidade com os princípios, tanto da lei como do evangelho -- princípios exemplificados na vida de Cristo. A maior prova da sinceridade de nossa professa sujeição à lei de Deus e profissão de fidelidade ao Redentor, é o altruísta, abnegado amor aos nossos semelhantes. TS3 102 4 A magnificência do evangelho é fundar-se ele sobre o princípio da restauração, na raça caída, da imagem divina por uma constante manifestação de beneficência. Deus honrará esse princípio onde quer que se manifeste. TS3 102 5 Os que seguem o exemplo de Cristo, de abnegação pela causa da verdade, fazem grande impressão sobre o mundo. Seu exemplo é convincente e contagioso. Os homens vêem que há entre o professo povo de Deus aquela fé que opera por amor e purifica do egoísmo a alma. Na vida dos que obedecem aos mandamentos de Deus, vêem os mundanos a convincente prova de que a lei divina é uma lei de amor a Deus e aos homens. TS3 102 6 A obra de Deus deve ser sempre um sinal de Sua beneficência, e justamente à medida que esse sinal se evidencia no trabalho de nossas instituições, ganhará a confiança do povo e trará recursos para o avançamento de Seu reino. O Senhor retirará Sua bênção do lugar em que há condescendência com interesses egoístas, em qualquer ramo da obra; mas Ele concederá ao Seu povo a posse de bens, através de todo o mundo, se desses bens se servirem para o reerguimento da humanidade. A experiência dos dias apostólicos nos há de servir quando aceitarmos de todo o coração o princípio divino da beneficência -- ao consentirmos em obedecer, em todas as coisas, à direção de Seu Santo Espírito. Escolas de preparo para obreiros TS3 103 1 Nossas instituições devem ser agentes missionários no mais elevado sentido, e o verdadeiro trabalho missionário começa sempre com os que estão mais próximos. Em cada instituição há trabalho missionário para ser feito. Desde o gerente até ao mais humilde obreiro, todos devem sentir responsabilidade pelos inconversos dentre o seu próprio número. Devem esforçar-se fervorosamente para levá-los a Cristo. Em resultado de tais esforços muitos serão ganhos e se tornarão fiéis e sinceros no serviço de Deus. TS3 103 2 Ao tomarem nossas casas publicadoras sobre si um sentimento de responsabilidade pelos campos missionários, verão a necessidade de prover aos obreiros uma educação mais ampla e completa. Reconhecerão o valor de seus recursos para esta obra, e verão a necessidade de habilitar os obreiros, não unicamente para desenvolver a obra dentro de seus próprios limites, mas também para dar auxílio eficiente às instituições em campos novos. TS3 103 3 É desígnio de Deus que nossas casas publicadoras sejam escolas bem-sucedidas que eduquem tanto em ramos comerciais como espirituais. Dirigentes e obreiros devem ter sempre em mente que Deus requer perfeição em todas as coisas ligadas ao Seu serviço. Compreendam isto todos quantos entram em nossas instituições para receber instrução! A todos dê-se a oportunidade de adquirir a eficiência maior possível. Familiarizem-se com diferentes ramos da obra, de maneira que, se forem chamados para outros campos, tenham preparo variado e estejam assim habilitados para assumir responsabilidades diversas. TS3 103 4 Os aprendizes devem ser preparados de modo que, depois de haverem passado na instituição o tempo necessário, possam sair habilitados para encarregarem-se inteligentemente dos diferentes ramos da obra publicadora, dando impulso à causa de Deus pelo melhor emprego de suas energias, e sendo capazes de comunicar a outros o conhecimento que receberam. TS3 103 5 Todos os obreiros devem estar compenetrados de que não devem unicamente ser instruídos em ramos comerciais, mas tornar-se também hábeis para assumir responsabilidades espirituais. Compenetre-se todo obreiro da importância de uma ligação pessoal com Cristo, uma individual experiência de Seu poder para salvar. Sejam os obreiros educados como o eram os jovens nas escolas dos profetas. Seja o seu espírito modelado por Deus por meio dos agentes por Ele designados. Todos devem receber preparo bíblico, ficando arraigados e firmados nos princípios da verdade, a fim de poderem permanecer no caminho do Senhor e exercer justiça e juízo. TS3 104 1 Façam-se todos os esforços para despertar e animar o espírito missionário. Estejam os obreiros compenetrados do reconhecimento do alto privilégio que se lhes oferece nesta última obra de salvação, a saber, o privilégio de ser usado por Deus como Sua mão auxiliadora. Seja cada qual ensinado a trabalhar pelos outros, justamente onde se encontra, mediante esforço prático em prol das almas. Aprendam todos a buscar na Palavra de Deus a instrução, em todos os ramos de trabalho missionário. Então, ao ser-lhes comunicada a Palavra do Senhor, ela lhes suprirá ao espírito sugestões para trabalhar os campos de modo que traga para Deus, de todas as partes de Sua vinha, os melhores resultados. Cumprido o propósito de Deus TS3 104 2 Cristo deseja fortalecer o Seu povo com a plenitude de Seu poder, de modo tal que por eles todo o mundo seja envolto numa atmosfera de graça. Quando Seu povo se entregar a Deus de todo o coração, este propósito se cumprirá. A Palavra de Deus aos que se acham empregados em Suas instituições é: "Purificai-vos, os que levais os vasos do Senhor." Isaías 52:11. Em todas as nossas instituições, seja o egoísmo substituído pelo abnegado amor e trabalho pelas almas de perto e de longe. Então, o santo óleo verterá dos dois ramos de oliveira para os tubos de ouro, que o entornarão nos vasos preparados para recebê-lo. Então, a vida dos obreiros de Cristo será de fato uma exposição das verdades de Sua Palavra. TS3 104 3 O amor e temor de Deus, a intuição de Sua bondade, Sua santidade, passarão de uma para outra instituição. Uma atmosfera de amor e paz permeará cada departamento. Toda palavra falada, cada trabalho executado, terá uma influência do Céu. Cristo habitará na humanidade, e a humanidade habitará em Cristo. Em todo trabalho aparecerá, não o caráter do homem finito, mas o do infinito Deus. A influência divina comunicada por santos anjos impressionará os espíritos levados em contato com os obreiros; destes obreiros emanará uma fragrante influência. TS3 104 4 Quando chamados a penetrar em novos campos, os obreiros dessa forma preparados sairão como representantes do Salvador, habilitados para serem úteis em Seu serviço, capacitados para comunicar a outros, por preceito e exemplo, o conhecimento da verdade para este tempo. A excelente contextura do caráter, conseguida pelo poder divino, receberá luz e esplendor do Céu, e estará perante o mundo como testemunha que guia para o trono do Deus vivo. TS3 104 5 Então a obra avançará com solidez e força redobrada. Aos obreiros de todos os ramos será comunicada nova eficiência. As publicações expedidas como mensageiros de Deus terão o sinete do Eterno. Raios de luz do santuário celeste acompanharão as preciosas verdades que nelas se encontram. Como nunca dantes, terão poder para despertar nas almas a convicção do pecado, criar fome e sede da justiça, e gerar viva solicitude pelas coisas que jamais passarão. Os homens tomarão conhecimento da reconciliação da iniqüidade e da eterna justiça que o Messias veio trazer por meio de Seu sacrifício. Muitos serão levados a participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus, e se unirão ao povo de Deus para aguardar nosso Senhor e Salvador, que em breve virá com poder e glória. ------------------------Capítulo 24 -- Nossa literatura denominacional TS3 105 1 A grandeza e eficiência da nossa obra dependem grandemente da espécie de literatura que sai dos nossos prelos. Portanto, deve ser exercido grande cuidado na escolha e preparo da matéria que irá ser divulgada para o mundo. São necessários o maior cuidado e discernimento. Nossas energias devem ser devotadas à publicação de literatura da mais pura qualidade e espécie mais enobrecedora. Nossos periódicos devem sair repletos de verdade que apresente interesse vital e espiritual para o povo. TS3 105 2 Deus nos colocou nas mãos uma bandeira sobre que está inscrito: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Essa é uma mensagem distinta, separada -- mensagem que não deve dar sonido incerto. Deverá ela guiar, desviar um povo das cisternas rotas que não contêm água, para a infalível Fonte da água da vida. O objetivo das nossas publicações TS3 105 3 Compete a nossas publicações a mais sagrada obra de tornar clara, compreensível e simples a base espiritual da nossa fé. Em todos os lugares está o povo tomando posição; todos se estão colocando sob a bandeira da verdade e da justiça ou sob a dos poderes apóstatas que lutam para alcançar a supremacia. Neste tempo, a mensagem de Deus para o mundo deverá ser pregada com tal ênfase e poder que o povo seja posto face a face, mente a mente, coração a coração com a verdade. Deverão ser levados a ver-lhe a superioridade em relação com a multidão de erros que buscam pôr-se em evidência, a fim de suplantar, se possível, a Palavra de Deus para este tempo solene. TS3 106 1 O grande objetivo das nossas publicações é exaltar a Deus, e atrair a atenção dos homens para as verdades vivas da Sua Palavra. Deus nos pede que exaltemos, não as nossas próprias normas, não as normas deste mundo, mas as Suas normas da verdade. TS3 106 2 Somente ao fazermos isso é que a Sua mão prosperadora poderá acompanhar-nos. Examinai o trato de Deus com o Seu povo no passado. Notai como, à medida em que desfraldavam a Sua bandeira, Ele os exaltou perante os inimigos. Mas quando, exaltando-se a si mesmos traíram a sua fidelidade, quando exaltaram um poder e um princípio opostos aos Seus, foram abandonados para atraírem sobre si próprios desastre e derrota. TS3 106 3 Examinai a experiência de Daniel. Quando chamado a postar-se perante o rei Nabucodonosor, Daniel não vacilou no reconhecimento da fonte de sua sabedoria. Prejudicou a influência de Daniel na corte do rei, esse seu fiel reconhecimento de Deus? De maneira alguma! Foi-lhe o segredo do poder; assegurou-lhe as graças do chefe de Babilônia. Em nome de Deus, Daniel revelou ao rei a mensagem celeste de instrução, advertência e reprovação, e não foi repelido. Leiam os nossos obreiros de hoje o testemunho firme, destemido de Daniel, e sigam-lhe o exemplo. TS3 106 4 Nunca mostra o homem loucura maior do que ao buscar assegurar-se a aceitação e reconhecimento do mundo por meio do sacrifício de qualquer grau de fidelidade e honra devidas a Deus. Ao pormo-nos onde Deus não pode cooperar conosco, nossa força ficará transformada em fraqueza. Tudo quanto é feito no sentido de restaurar a imagem de Deus no homem, é o porque Deus é a eficiência do obreiro. Seu poder, somente, é que restaura o corpo, fortalece a mente ou renova a alma. Em nossa obra de publicações, como em todo outro ramo de esforço ou viver cristãos, demonstrar-se-á a verdade das palavras de Cristo: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. TS3 106 5 Deus deu aos homens princípios imortais, aos quais se curvará um dia todo poder humano. Quer Ele que demos ao mundo, por preceito e exemplo, uma demonstração desses princípios. Àqueles que O honram com a observância fiel de Sua Palavra, magnífico será o resultado. Muito significa guiar-se por princípios que perdurarão através dos séculos eternos. Experiência pessoal necessária aos obreiros TS3 107 1 Os redatores dos nossos periódicos, os professores de nossas escolas, os presidentes das nossas Associações, precisam todos beber das águas puras do rio de água da vida. Todos precisam mais amplamente compreender as palavras dirigidas por nosso Senhor à samaritana: "Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é O que te diz: Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva. ... Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna." João 4:10-14. TS3 107 2 A causa do Senhor precisa ser distinguida das atividades comuns da vida. Diz Ele: "Voltarei contra a Minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza. E te restituirei os teus juízes, como eram dantes; e os teus conselheiros, como antigamente; e então te chamarão cidade de justiça, cidade fiel. Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela com justiça." Isaías 1:25-27. Estas palavras estão repletas de importância. Contêm uma lição para todos quantos ocupam a cadeira de redator. TS3 107 3 As palavras de Moisés possuem significação profunda. "Os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor. E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a Mim, e serei glorificado diante de todo o povo." Levítico 10:1-3. Contém isso uma lição para todos quantos manuseiam o material que sai das nossas instituições editoras. Coisas sagradas não devem ser misturadas com as comuns. As revistas que têm tão vasta circulação devem conter instruções mais preciosas do que as que aparecem nas publicações comuns da época. "Que tem a palha com o trigo?" Jeremias 23:28. Queremos o trigo puro, perfeitamente joeirado. TS3 107 4 "Assim o Senhor me disse com uma forte mão, e me ensinou que não andasse pelo caminho deste povo, dizendo: Não chameis conjuração, a tudo quanto este povo chama conjuração; e não temais o seu temor, nem tão pouco vos assombreis. Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso assombro. ... Liga o testemunho, sela a lei entre os Meus discípulos. ... À Lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Isaías 8:11-20. TS3 107 5 Chamo a atenção de todos os nossos obreiros para o sexto capítulo de Isaías. Lede a experiência do profeta de Deus, ao ver "o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e o Seu séquito enchia o templo. ... Então disse eu: Ai de mim, que vou perecendo porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! Mas um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz. E com ela tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:1-8. TS3 108 1 Esta é a experiência de que necessitam todos quantos trabalham em todas as nossas instituições. Existe o perigo de deixarem de manter ligação vital com Deus, de não serem santificados pela verdade. Perdem, assim, o senso do poder da verdade, perdem a capacidade de discernimento entre o sagrado e o profano. TS3 108 2 Meus irmãos que ocupais cargos de responsabilidade, oxalá o Senhor não somente vos unja os olhos para que vejais, mas verta em vosso coração o santo óleo que, dos dois galhos de oliveira, flui pelos canudos de ouro para o vaso de ouro que alimenta as lâmpadas do santuário. Possa Ele dar-vos "em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da Sua vocação, ... e qual a sobreexcelente grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos". Efésios 1:17-19. TS3 108 3 Como o mordomo fiel, dai alimento a seu tempo aos que pertencem à família de Deus. Apresentai ao povo a verdade. Trabalhai como se estivésseis sendo observados por todo o Universo celeste. Não temos tempo para perder -- nem um momento sequer. Acontecimentos importantes logo serão presenciados, e é-nos preciso estar escondidos na fenda da rocha, para vermos Jesus e sermos vivificados pelo Seu Espírito Santo. Assuntos para publicação TS3 108 4 Sejam as nossas revistas devotadas à publicação de assuntos vivos, relevantes. Esteja cada artigo repleto de pensamentos práticos, animadores, enobrecedores, pensamentos que comuniquem ao leitor ajuda, iluminação e fortaleza. A religião doméstica, a santidade da família deve ser honrada agora como nunca dantes. Se jamais um povo necessitou de andar perante Deus como o fez Enoque, precisam os adventistas do sétimo dia fazer isto agora, demonstrando a sua sinceridade por meio de palavras puras, palavras limpas, palavras repletas de simpatia, ternura e amor. TS3 108 5 Vezes há em que são necessárias palavras de reprovação e censura. Os que estão fora do caminho reto precisam ser despertados para ver o seu perigo. É preciso ser-lhes transmitida uma mensagem que os sacuda da letargia que lhes embota os sentidos. É preciso processar-se uma renovação moral, para que as almas não pereçam em seus pecados. Qual espada afiada de dois gumes, penetre a mensagem da verdade até ao coração. Fazei apelos que despertem os negligentes, e reconduzam para Deus as mentes néscias e erradias. TS3 109 1 A atenção do povo precisa ser atraída. Nossa mensagem é um cheiro de vida para vida, ou de morte para morte. Está em jogo o destino de almas. Multidões estão no vale da decisão. Uma voz deve ser ouvida a proclamar: "Se o Senhor é Deus, segui-O; e se Baal, segui-o." 1 Reis 18:21. TS3 109 2 Ao mesmo tempo, nada que se assemelhe a um espírito áspero e acusador, deverá, sob quaisquer circunstâncias, ser tolerado. Não contenham as nossas revistas arremetidas indelicadas, nenhuma crítica amarga nem sarcasmos mordazes. Satanás quase conseguiu eliminar do mundo a verdade divina, e deleita-se quando os seus professos defensores mostram não estar sob a influência da verdade que subjuga e santifica a alma. TS3 109 3 Abordem os colaboradores de nossas revistas, o mínimo possível as objeções e argumentos de nossos oponentes. Em toda a nossa obra devemos opor à falsidade a verdade. Apresentai a verdade contra toda insinuação, referência ou insulto pessoal. Negociai unicamente com a moeda celestial. Fazei uso, apenas, daquilo que possui a imagem e inscrição de Deus. Inculcai a verdade, nova e convincente, para solapar e derrubar o erro. TS3 109 4 Deus quer que sejamos sempre calmos e tolerantes. Qualquer que seja o procedimento de outros, devemos representar a Cristo, fazendo o que Ele faria em circunstâncias idênticas. O poder do nosso Salvador não consistia no emprego vigoroso de palavras incisivas. Foram a Sua gentileza, Seu espírito abnegado e despretensioso que fizeram dEle um conquistador de corações. O segredo do nosso êxito está em que revelemos o mesmo espírito. União TS3 109 5 Os que pregam ao público por intermédio das nossas revistas devem preservar entre eles a união. Nada que aparente dissensão deverá ser encontrada em nossas publicações. Satanás está sempre buscando causar dissensão, pois bem sabe que por esse meio poderá ele com maior eficiência frustrar a obra de Deus. Não devemos dar oportunidade para os seus enganos. A oração de Cristo por Seus discípulos foi: "Para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste." João 17:21. Todos os fiéis obreiros de Deus trabalharão em conformidade com essa oração. Em seus esforços para impulsionarem a causa, manifestarão todos aquela unidade de sentimento e prática que revela serem eles testemunhas de Deus, que se amam uns aos outros. Para um mundo dividido pela discórdia e luta, o seu amor e união dará testemunho da sua ligação com o Céu. É a prova convincente do caráter divino da sua missão. Pontos de experiência TS3 110 1 Os redatores das nossas revistas precisam da cooperação dos nossos obreiros no campo e do nosso povo próximo e distante. Em nossas revistas devem ser encontradas comunicações dos obreiros de todas as partes do mundo -- artigos que apresentem experiências vivas. Não precisamos de romance; mas há na vida diária experiências que, quando contadas em artigos curtos, e com palavras simples, serão mais fascinantes do que romances, bem como de ajuda incalculável para a experiência cristã e o trabalho missionário prático. Queremos a verdade, a verdade sólida, de homens, mulheres e jovens consagrados. TS3 110 2 Vós, que amais a Deus, e cuja mente está saturada de preciosos itens de experiência, e das realidades vivas da vida eterna, ateai a chama do amor e da luz no coração do povo de Deus. Ajudai-os a solverem os problemas da vida. TS3 110 3 Os artigos que atingem milhares de leitores devem demonstrar a pureza, elevação e santificação do corpo, alma e espírito da parte dos autores. A pena deve ser usada sob o controle do Espírito Santo, como meio de semear uma semente para a vida eterna. Seja o espaço das nossas revistas ocupado com assuntos de valor real. Enchei-as de assuntos repletos de interesse eterno. Deus nos chama para irmos ao monte falar com Ele, e ao contemplarmo-Lo, pela fé, a Ele, que é invisível, nossas palavras serão realmente um cheiro de vida para vida. A mensagem para este tempo TS3 110 4 Tenham todos muito mais para ensinar, escrever e publicar quanto às coisas que deverão ter agora o seu cumprimento, e se relacionam com a felicidade eterna das almas. Distribuí alimento na estação própria a velhos e jovens, a santos e pecadores. Tudo quanto pode ser dito para despertar da sua sonolência a igreja, seja apresentado sem demora. Não haja tempo perdido no trato das coisas que não são essenciais, e não têm relação alguma com as necessidades presentes do povo. Lede os três primeiros versículos de Apocalipse, e vede a tarefa imposta aos que pretendem crer na Palavra de Deus: TS3 110 5 "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo; o qual testificou da Palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Apocalipse 1:1-3. A publicação de livros TS3 111 1 Conceda-se mais tempo à publicação e disseminação de livros que contenham a verdade presente. Atraí a atenção para os livros que tratam da fé e da piedade práticas, bem como para os que apresentam as profecias. Deve o povo ser educado para ler a firme palavra da profecia à luz das Sagradas Escrituras. Precisam eles saber que se estão cumprindo os sinais dos tempos. TS3 111 2 Só Deus pode conceder êxito, quer no preparo quer na disseminação da nossa literatura. Se com fé mantivermos os Seus princípios, Ele conosco cooperará, pondo os nossos livros nas mãos daqueles a quem irão beneficiar. Deve o Espírito Santo ser pedido em oração, e haver confiança e crença nEle. A oração fervorosa e humilde fará mais para promover a disseminação dos nossos livros, do que toda a dispendiosa ilustração que possa haver no mundo. TS3 111 3 Deus tem grandes e valiosos recursos de que o homem se poderá apossar, e pela maneira mais simples desenvolverá a atuação das providências divinas. Diz o divino Mestre: "Somente o Meu Espírito é capaz de ensinar e convencer do pecado. As aparências fazem na mente impressão apenas passageira. Eu incutirei a verdade na consciência, e os homens Me serão testemunhas, sustentando em todo o mundo as Minhas reivindicações sobre o tempo, o dinheiro e o intelecto do homem. Tudo isso comprei na cruz do Calvário. Usai os talentos que vos confiei para a proclamação da verdade em sua simplicidade. Seja o evangelho remetido a toda parte do mundo, despertando almas carregadas de culpa para perguntarem: Que é necessário que eu faça para me salvar?" Preços TS3 111 4 Nossas revistas foram vendidas por algum tempo, em caráter experimental, a preços reduzidos; mas isso não produziu o resultado almejado -- conseguir muitos assinantes permanentes. Esses esforços são feitos com despesa avultada, muitas vezes com prejuízo, e com a melhor das intenções; mas se nenhuma redução houvesse sido feita no preço, maior quantidade de assinantes permanentes teria sido alcançada. TS3 111 5 Foram estudados planos para a redução dos preços de nossos livros, sem a correspondente providência quanto ao custo da produção. Isso é um erro. A obra precisa ser mantida com seu próprio rendimento. Não sejam os preços dos livros reduzidos por meio de ofertas especiais, que podem ser consideradas instigações ou subornos. Deus não aprova esses métodos. TS3 112 1 Existe procura de livros a preços baixos, e essa procura precisa ser atendida. O plano correto, porém, é reduzir o custo da produção. TS3 112 2 Em campos novos, entre pessoas ignorantes e meio-civilizadas, há grande procura de livros pequenos, que apresentem a verdade em linguagem simples, e profusamente ilustrados. Esses livros precisam ser vendidos a preço baixos, e as ilustrações, naturalmente, serem baratas. Traduções TS3 112 3 Maior esforço deve ser feito para estender a circulação da nossa literatura a todas as partes do mundo. A advertência precisa ser dada em todas as terras e a todos os povos. Nossos livros precisam ser traduzidos e editados em muitas línguas. Precisamos multiplicar as publicações sobre nossa fé em inglês, alemão, francês, dinamarquês, norueguês, sueco, espanhol, italiano, português, e muitas outras línguas; e o povo de todas as nacionalidades deve ser iluminado e instruído, para que também eles ingressem na obra. TS3 112 4 Façam as nossas casas publicadoras tudo quanto lhes está ao alcance para difundir no mundo a luz celestial. Por toda maneira possível atraí a atenção do povo de cada nação e língua para as coisas que lhes encaminharão a mente para o Livro dos livros. TS3 112 5 Grande cuidado deverá ser exercido na escolha dos membros da comissão de revisão de livros. As pessoas escolhidas para julgarem os livros oferecidos para publicação deverão ser poucas e bem escolhidas. Somente os que hajam tido experiência como autores estarão capacitados para atuar nesse sentido. Deverão ser escolhidos apenas aqueles cujo coração está sob o controle do Espírito de Deus. Deverão ser homens de oração, que não se exaltem, mas amem a Deus, temam-no e respeitem os irmãos na fé. Apenas os que, não confiando em si mesmos são guiados pela sabedoria divina, estão capacitados para desempenhar essa importante função. ------------------------Capítulo 25 -- Trabalho comercial TS3 113 1 O Senhor determinou que as casas publicadoras fossem estabelecidas para a promulgação da verdade presente, bem como para a efetivação das várias transações que esse trabalho envolve. Ao mesmo tempo devem manter-se em contato com o mundo, para que a verdade possa ser como uma luz posta num candelabro e alumie todos quantos estão na casa. Pela providência divina, Daniel e seus companheiros foram postos em contato com os grandes homens de Babilônia, a fim de que essas pessoas conhecessem a religião dos hebreus e soubessem que Deus governa todos os reinos. TS3 113 2 Em Babilônia, Daniel foi posto em funções muito difíceis; mas ao passo que desempenhava fielmente os seus deveres de estadista, evitou firmemente participar de qualquer coisa que fosse contrária a Deus. Esse procedimento provocava discussões, e o Senhor atraiu, assim, a atenção do rei de Babilônia para a fé de Daniel. Deus tinha luz para conceder a Nabucodonosor, e por meio de Daniel foram apresentadas ao rei as coisas preditas nas profecias concernentes a Babilônia e a outros reinos. Por meio da interpretação do sonho de Nabucodonosor, Jeová foi exaltado como sendo mais poderoso que os governantes terrestres. Assim, pela fidelidade de Daniel, Deus foi honrado. De igual maneira, deseja o Senhor que as nossas casas publicadoras sejam Suas testemunhas. Oportunidades na atividade comercial TS3 113 3 Um dos meios pelos quais essas instituições são postas em contato com o mundo, é encontrado na atividade comercial. Por ela é aberta uma porta para a comunicação da luz da verdade. TS3 113 4 Podem os obreiros ter a impressão de que desempenham trabalho meramente secular, mas estão empenhados no próprio trabalho que suscitará perguntas acerca da fé e dos princípios que adotam. Se estiverem animados de bom espírito, poderão falar em tempo oportuno. Se há neles a luz da verdade e o amor celestiais, ela não poderá deixar de irradiar-se. A própria maneira de procederem nos assuntos comerciais, manifestará a influência dos princípios divinos. De nossos obreiros, como outrora foi dito dos artífices do tabernáculo, poderá dizer-se: "E o enchi do espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência, em todo o artifício." Êxodo 31:3. Não deve ocupar o primeiro lugar TS3 114 1 Em caso nenhum deverão as nossas casas publicadoras dedicar-se principalmente a trabalhos comerciais. Se o fizerem, as pessoas que nelas trabalham perderão de vista o propósito para que foram instituídas e seu trabalho degenera. TS3 114 2 Há o perigo de que gerentes cuja percepção espiritual esteja pervertida, assumam compromissos de editar assunto de mérito duvidoso, meramente por amor do lucro. Disso resultará que o objetivo para que foram instituídas as casas publicadoras será perdido de vista, e as instituições serão consideradas como qualquer outra empresa comercial. Com isso Deus é desonrado. TS3 114 3 Em algumas de nossas casas publicadoras, o trabalho comercial requer aumento constante dos gastos com maquinaria dispendiosa e outros equipamentos. Esses gastos oneram pesadamente o orçamento da instituição, e a maior quantidade de trabalho, não somente exige instalações mais amplas, mas uma quantidade de obreiros maior que a que se possa disciplinar devidamente. TS3 114 4 Afirma-se que o trabalho comercial é de interesse financeiro para a instituição. Mas um Ser que possui autoridade fez o cálculo do que para as nossas principais casas publicadoras custa esse trabalho. Apresentou Ele um balanço exato, que mostra que os prejuízos são superiores aos lucros. Mostrou que esse trabalho obriga os obreiros a andarem apressados constantemente. Nesse ambiente de pressa, cansaço e mundanidade, decaem a piedade e a devoção. TS3 114 5 Não é necessário que o trabalho comercial seja inteiramente suprimido das nossas casas publicadoras, porque isso fecharia a porta para os raios de luz que devem ser comunicados ao mundo. As relações com a gente do mundo não são necessariamente mais prejudiciais para os obreiros do que foi o trabalho de Daniel, como estadista, uma perversão da sua fé e princípios. Toda vez, porém, que esse trabalho externo prejudique a espiritualidade da instituição, seja ele rejeitado. Promovei o trabalho que representa a verdade. Dai-lhe a preferência, e, ao trabalho comercial, o segundo lugar. Nossa missão consiste em dar ao mundo a mensagem de advertência e misericórdia. Preços TS3 114 6 No esforço feito para conseguir para as nossas casas publicadoras uma clientela que as tire de dificuldades financeiras, foram estabelecidos preços tão baixos que o trabalho não produzia lucro. Os que se rejubilam de que haja lucro, não computaram estritamente todos os gastos. Não reduzais os preços simplesmente para conseguir trabalho. Aceitai somente o trabalho que deixe lucro razoável. TS3 115 1 Por outro lado não deve haver em nossas transações comerciais sombra alguma de egoísmo ou cobiça. Não se aproveite ninguém da ignorância ou da necessidade de outrem para extorquir-lhe preços exorbitantes por trabalho feito ou por mercadorias vendidas. Haverá tentação forte para desviar do caminho reto; encontrar-se-ão numerosos argumentos em favor da conformidade com as práticas mundanas e a adoção de costumes que em realidade são desonestos. Insistem alguns em que, ao tratar com espertos, é preciso haver conformação com os costumes; e que se mantêm estrita integridade, não poderão comerciar e ganhar a vida. Onde está a nossa fé em Deus? Pertencemos-Lhe, como filhos e filhas, sob a condição de separar-nos do mundo e não tocar nada imundo. Às Suas instituições bem como aos cristãos individualmente, dirige o Senhor estas palavras: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça" (Mateus 6:33), e promete de modo seguro que todas as coisas necessárias à vida serão acrescentadas. Sobre cada consciência, como que com pena de ferro sobre a rocha, seja escrito que o verdadeiro êxito, quer para esta vida quer para a vindoura, só pode ser alcançado por meio da fiel obediência aos princípios eternos da justiça. Leitura desmoralizadora TS3 115 2 Ao fazerem nossas casas publicadoras grande quantidade de trabalho comercial, estão expostas ao perigo de ter que imprimir leitura de valor duvidoso. Certa ocasião em que estes assuntos me foram apresentados, o meu Guia perguntou a alguém que ocupava cargo de responsabilidade numa instituição de publicações: "Quanto recebem pela execução deste trabalho?" Foram-Lhe mostradas as importâncias. Disse Ele: "É uma importância pequena demais. Se fizerdes esses negócios tereis prejuízos. Mas mesmo que recebêsseis muito mais, essa espécie de leitura só poderia ser editada com grande prejuízo. A influência que exerce sobre os obreiros é desmoralizadora. Todas as mensagens que Deus lhes enviar, apresentando a santidade da obra, são neutralizadas pelo vosso procedimento, editando essas coisas." TS3 115 3 O mundo está inundado de livros que mais conviria destruir que divulgar. Livros sobre temas guerreiros de índios, e assuntos similares, editados e distribuídos com a finalidade de ganhar dinheiro, melhor seria nunca fossem lidos. Esses livros contêm fascinação satânica. A descrição horripilante de crimes e atrocidades exerce sobre muitos jovens influência enfeitiçante, incitando-lhes o desejo de alcançar celebridade por meio de atos da maior maldade. Grande número de obras existe que são mais históricas e cuja influência nem por isso é melhor. As atrocidades, as crueldades, as práticas licenciosas, descritas nessas obras têm atuado em muitos espíritos como fermento que os leva à prática de atos semelhantes. Livros que descrevem as práticas satânicas dos seres humanos, dão publicidade às más obras. Não é necessário reviver os pormenores horríveis do crime e sofrimentos, e ninguém que crê na verdade presente deve participar da perpetuação da sua lembrança. TS3 116 1 As novelas de amor e histórias frívolas e provocantes, constituem outra espécie de livros que são uma maldição para todo leitor. Pode o autor inserir um bom conceito moral, e entremear a sua obra de sentimentos religiosos; não obstante, em muitos casos, Satanás não fica senão disfarçado com vestes angélicas, a fim de com mais facilidade enganar e seduzir. Em grande medida a mente é influenciada pelas coisas de que se nutre. Os leitores de histórias frívolas ou provocantes ficam incapacitados para o cumprimento dos deveres que lhes incumbem. Vivem vida irreal, e não têm o desejo de examinar as Escrituras para nutrir-se do maná celestial. Debilita-se-lhes a mente e perdem a faculdade de considerar os grandes problemas do dever e do destino. TS3 116 2 Foi-me instruído que a juventude está exposta aos maiores perigos conseqüentes das más leituras. Satanás está constantemente levando, tanto os jovens como os adultos, a encantarem-se com histórias sem valor. Se fosse possível inutilizar boa parte dos livros editados, isso deteria uma praga que está fazendo trabalho espantoso de enfraquecer a mente e corromper o coração. Ninguém está tão firme nos princípios da justiça que se sinta liberto da tentação. Toda essa leitura imprestável deveria ser banida resolutamente. TS3 116 3 Não temos do Senhor a permissão para empenhar-nos, quer na impressão, quer na venda dessas publicações; pois são o veículo da destruição de muitas almas. Eu sei o que escrevo; pois este assunto me foi apresentado. Não se empenhem nesse trabalho, com o pensamento de ganhar dinheiro, os que crêem na mensagem para este tempo. O Senhor lançará uma maldição sobre o dinheiro assim obtido; Ele espalhará mais do que é ajuntado. TS3 116 4 Outra espécie de leitura existe, mais corruptora do que a lepra, mais mortífera do que as pragas do Egito, contra que as nossas casas publicadoras precisam precaver-se constantemente. Ao aceitarem trabalhos comerciais, devem exercer vigilância a fim de não serem recebidos em nossas instituições manuscritos que apresentem a própria ciência de Satanás. Não tenham jamais entrada em nossas casas publicadoras os trabalhos que exponham as teorias destrutoras da alma, tais como o hipnotismo, espiritismo, romanismo, e outros mistérios da iniqüidade. TS3 116 5 Não seja manuseado pelos nossos obreiros coisa alguma que semeie uma semente de dúvida quanto à autoridade ou a pureza das Escrituras. De maneira alguma sejam as convicções dos incrédulos apresentadas aos jovens cujo espírito, com tanta avidez, aceita qualquer novidade. Por mais elevado que seja o preço pago por essa publicação, ele só produzirá prejuízo imenso. TS3 117 1 O permitir que coisa tal aconteça em nossas instituições, equivale a pôr em mãos dos nossos obreiros e a apresentar ao mundo o fruto proibido da árvore da ciência. Equivale a convidar Satanás para entrar com sua ciência sedutora; e a insinuar os seus princípios nas próprias instituições estabelecidas para o avanço da santa obra de Deus. Editar obras dessa espécie, equivaleria a municiar as armas do inimigo e pô-las nas mãos para que as use contra a verdade. TS3 117 2 Pensais que Jesus permanecerá em nossas instituições de publicações para atuar através da mente humana pelos Seus anjos ministradores; pensais que, se permitirmos que, na própria instituição, Satanás perverta o espírito dos obreiros, Ele fará da verdade que sai dos nossos prelos uma potência para advertir o mundo? Poderá a bênção divina ser posta sobre as publicações que saem do prelo, se do mesmo prelo saem heresias e enganos satânicos? "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?" Tiago 3:11. TS3 117 3 Os administradores das nossas instituições precisam reconhecer que ao aceitarem esse cargo se tornam responsáveis pelo alimento intelectual fornecido aos obreiros enquanto estejam na instituição. São responsáveis pela espécie de impressos que saem dos nossos prelos. Serão chamados a contas pela influência exercida pela introdução de matéria que polua a instituição, contamine os obreiros, ou engane o mundo. TS3 117 4 Se for permitido que essas coisas tenham entrada em nossas instituições, verificar-se-á que o poder sutil dos sentimentos satânicos não é eliminado com tanta facilidade. Se for consentido que o tentador semeie a má semente, ela germinará e frutificará. Haverá uma seara para que ele ceife nas próprias instituições estabelecidas com os recursos do povo de Deus para o avanço da Sua causa. Disso resultará que, em vez de enviar ao mundo obreiros cristãos, enviar-se-á um grupo de incrédulos instruídos. TS3 117 5 Nesses assuntos há responsabilidade não somente dos administradores, mas também dos obreiros. Tenho alguma coisa que dizer aos obreiros de cada casa publicadora existente entre nós: No vosso amor e temor a Deus, abstende-vos do contato com a ciência contra que Deus advertiu Adão. Abstenham-se os compositores de compor uma única frase que seja dessas coisas. Abstenham-se os revisores de ler; os impressores, de imprimir; e os encadernadores, de encaderná-las. Se vos for pedido que façais esse trabalho, convocai uma reunião dos obreiros da instituição, a fim de que haja compreensão do que essas coisas significam. Podem os que administram a instituição insistir em que não sois responsáveis, que aos administradores compete decidir esses assuntos. Mas sois responsáveis -- responsáveis pelo uso dos vossos olhos, mãos e mente. Eles vos são confiados por Deus para usá-los para Ele, não para o serviço de Satanás. TS3 118 1 Quando são impressos em nossas casas publicadoras assuntos portadores de erros que neutralizam a obra de Deus, Ele considera responsáveis, não somente os que permitem que Satanás arme um laço para as almas, mas também os que de qualquer maneira cooperam na obra da tentação. TS3 118 2 Meus irmãos, que ocupais cargos de responsabilidade: Cuidai de não atrelar ao carro da superstição e heresia os vossos obreiros. Não seja que as instituições estabelecidas por Deus para disseminar a verdade vivificante sejam transformadas em veículo disseminador do erro destruidor de almas. TS3 118 3 Que as nossas casas publicadoras, desde a menor até à maior, se recusem a imprimir uma única linha desses assuntos perniciosos. Compreendam todos aqueles com quem temos que tratar, que os impressos que contêm a ciência de Satanás estão excluídos de todas as nossas instituições. TS3 118 4 Não somos postos em contato com o mundo para ser levedados pela sua falsidade, mas para, como agentes de Deus, ser para o mundo um fermento da verdade divina. ------------------------Capítulo 26 -- Casas publicadoras em campos missionários TS3 118 5 Muito há por fazer no sentido de fundar centros da nossa obra em campos novos. Oficinas de impressão missionárias deverão ser fundadas em muitos lugares. Ligadas às nossas escolas missionárias deverá haver elementos para impressão, e habilitação dos obreiros nesse sentido. Onde houver pessoas de nacionalidades várias sendo instruídas e que falem diferentes línguas, cada uma delas deverá aprender a imprimir em sua própria língua, bem como a traduzir do inglês para essa língua. E ao aprender o inglês, deverão estar ensinando a sua língua aos estudantes de língua inglesa que precisem aprendê-la. Assim, alguns dos estudantes estrangeiros poderão reduzir as suas despesas de instrução; e serem preparados obreiros para prestar auxílio valioso em empreendimentos missionários. TS3 119 1 Em muitos casos a obra de publicações terá que ser iniciada em escala reduzida. Terá ela que enfrentar muitas dificuldades, e ser levada avante com poucos recursos. Mas ninguém deverá com isso desanimar. A maneira mundana é começar a sua obra com pompa, exibição e alarde; mas tudo terminará em nada. A maneira de Deus é fazer do dia das coisas pequenas o começo da vitória da verdade e da justiça. Por este motivo, ninguém deverá ensoberbecer-se por um começo próspero, nem desanimar por uma fraqueza aparente. Deus é para o Seu povo riqueza, e plenitude e poder, ao contemplarem eles as coisas invisíveis. Seguir essa direção equivale a escolher o caminho da segurança e do verdadeiro êxito. "Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé." 1 João 5:4. TS3 119 2 O poder humano não estabeleceu a obra de Deus, nem pode o humano poder destruí-la. Para os que levam avante a Sua obra enfrentando dificuldade e oposição, Deus dará a guia e a guarda constantes dos Seus santos anjos. Sua obra na Terra nunca cessará. A construção do templo espiritual prosseguirá, até ficar terminada e ser trazida a pedra angular, com brados de "Graça, graça a ela". ------------------------Capítulo 27 -- A igreja e a casa publicadora TS3 119 3 Os membros de uma igreja dentro de cujos limites se encontra uma de nossas casas publicadoras, são privilegiados com ter em seu seio uma das instituições especiais do Senhor. Devem eles avaliar esse privilégio e reconhecer que envolve uma responsabilidade muitíssimo sagrada. A influência e exemplo deles farão muito para ajudar ou estorvar a instituição no cumprimento da sua missão. TS3 120 1 Ao aproximar-nos da última crise, é de vital importância que existam entre as instituições do Senhor harmonia e união. O mundo está cheio de tempestade, guerra e contenda. Contudo, ao mando de um chefe -- o poder papal -- o povo se unirá para opor-se a Deus na pessoa de Suas testemunhas. Essa união é cimentada pelo grande apóstata. Enquanto ele busca unir os seus agentes na guerra contra a verdade, esforçar-se-á por dividir e espalhar os advogados dela. Ciúmes, suspeitas, maledicência são por ele instigados para produzir discórdia e dissensão. Os membros da igreja de Cristo têm o poder de frustrar o propósito do adversário das almas. Num tempo como este, não sejam eles encontrados em dissensão uns com os outros, ou com qualquer dos obreiros de Deus. Por ser feita da Bíblia o guia da vida, haja, em meio da discórdia geral, um lugar em que imperem a harmonia e a união. Sinta o povo de Deus que sobre eles repousa uma responsabilidade no sentido de desenvolver as instituições dEle. TS3 120 2 Irmãos e irmãs, o Senhor Se agradará se vos empenhardes deveras em suster com vossas orações e meios a instituição publicadora. Orai cada manhã para que ela receba as mais ricas bênçãos de Deus. Não estimulem a crítica nem as queixas. Não procedam de vossos lábios murmurações nem queixumes; lembrai-vos de que os anjos ouvem essas palavras. Todos devem ser levados a ver que essas instituições são estabelecidas por Deus. Os que as rebaixam para servir aos próprios interesses, terão que prestar contas a Deus. Determina Ele que tudo que se liga à Sua obra seja tratado como sagrado. TS3 120 3 Deus quer que oremos muito mais e falemos muito menos. O limiar do Céu está inundado da luz de Sua glória, e Ele fará essa luz brilhar no coração de todos quantos se relacionem devidamente com Ele. TS3 120 4 Toda instituição terá que lutar com dificuldades. As aflições são permitidas para provarem o coração do povo de Deus. Quando a adversidade sobrevém a uma das agências do Senhor, demonstrar-se-á quanta verdadeira fé temos em Deus e em Sua obra. Nessas ocasiões, ninguém considere as coisas sob o pior aspecto, dando vazão a dúvidas e descrença. Não critiqueis os que arcam com o peso das responsabilidades. Não sejam as conversas envenenadas em vosso lar pela crítica aos obreiros do Senhor. Pais que condescendem com esse espírito de crítica não estão apresentando perante os filhos aquilo que os há de tornar sábios para a salvação. Suas palavras tendem a abalar a fé e a confiança, não só das crianças, mas também dos de mais idade. TS3 120 5 Todos já bem pouco respeito e reverência têm pelas coisas sagradas. Satanás se unirá mui zelosamente aos que criticam, fomentando incredulidade, inveja, ciúmes e desrespeito. Ele está sempre ativo para encher os homens de seu espírito, a fim de extinguir o amor que deveria ser sagradamente cultivado entre irmãos, desfazer a confiança, incitar à inveja, suspeitas e contendas de palavras. Não sejamos nós achados a atuar como coobreiros seus. O coração aberto para as suas sugestões pode lançar muitas sementes de amargura. Pode, assim, ser efetuado um trabalho cujos resultados, na ruína de almas, não serão jamais manifestos plenamente, senão no grande dia do juízo final. TS3 121 1 Cristo declara: "Quem puser uma pedra de tropeço no caminho de um destes pequeninos que crêem em Mim, melhor seria que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e que fosse lançado no fundo do mar. Ai do mundo por causa dos tropeços! porque é necessário que apareçam tropeços; mas ai do homem por quem vem o tropeço!" Mateus 18:6, 7 (VB). Grande responsabilidade repousa sobre os membros da igreja. Cuidem eles de que, por falta de atenção para com as almas dos novos na fé, e pelo lançar sementes de dúvida e incredulidade sob a instigação de Satanás, não sejam achados culpados da ruína de uma alma. "Fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; tendo o cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando vos perturbe, e por ela muitos se contaminem." Hebreus 12:13-15. Cooperando com Deus TS3 121 2 Grande é o poder das forças satânicas, e o Senhor roga ao Seu povo que se fortaleça mutuamente, "edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé". Judas 20. TS3 121 3 Em vez de cooperar com Satanás, aprenda cada qual o que quer dizer cooperar com Deus. Nestes tempos deprimentes tem Ele uma obra para ser feita, a qual requer o ânimo firme e a fé que nos habilitarão a suster-nos uns aos outros. Todos devem ficar ombro a ombro e coração a coração, como cooperadores de Deus. Que não se poderia realizar com a graça de Deus e por ela, se os membros da igreja estivessem unidos intimamente, a suster os Seus obreiros, a amparar com suas orações e influência quando o desânimo procura infiltrar-se por todos os lados! Então é tempo de trabalhar como mordomos fiéis. TS3 121 4 Em vez de críticas e censuras, tenham nossos irmãos e irmãs palavras de animação e confiança no tocante aos instrumentos do Senhor. Deus lhes roga que animem o coração dos que arcam com as grandes responsabilidades, pois com eles está trabalhando. Ele insta com Seu povo para que reconheçam o poder sustentador em Seu instrumento. Honrai ao Senhor procurando, no máximo de vossa habilidade, dar ao instrumento a influência que deve possuir. TS3 122 1 Ao terdes oportunidade, falai aos obreiros, dizei palavras que sejam uma força e inspiração. Somos demasiadamente indiferentes uns com os outros. Demasiadas vezes nos esquecemos de que nossos coobreiros carecem de força e animação. Em tempo de perplexidades e responsabilidades especiais, tende o ânimo de demonstrar-lhes vosso interesse e simpatia. Enquanto procurais ajudá-los com vossas orações, comunicai-lhes que o estais fazendo. Irradiai a mensagem de Deus aos Seus obreiros: "Esforça-te, e tem bom ânimo." Josué 1:6. TS3 122 2 Os dirigentes de nossas instituições têm uma tarefa dificílima para manter a ordem e disciplinar sabiamente os jovens que se acham sob o seu cuidado. Os membros da igreja podem fazer muito para lhes suster os braços. Quando os jovens não se dispõem a submeter-se à disciplina da instituição, ou por divergirem de seus superiores em qualquer matéria, se decidem fazer prevalecer a sua própria vontade, não apóiem os pais cegamente os filhos, tomando-lhes as dores. TS3 122 3 Muito, muito melhor seria sofrerem os vossos filhos, melhor seria jazessem no túmulo, do que serem ensinados a tratar levianamente os princípios que se acham no próprio fundamento da lealdade para com a verdade, para com seus semelhantes e para com Deus. TS3 122 4 Em caso de divergência com os que tendes a vosso cargo, dirigi-vos diretamente aos que exercem autoridade e informai-vos quanto à verdade. Tende presente que os dirigentes dos vários departamentos compreendem muito melhor do que os outros podem compreender, quais são os regulamentos essenciais. Manifestai confiança em seu critério, e respeito por sua autoridade. Ensinai vossos filhos a respeitarem e honrarem a quem Deus mostrou respeito e honra, colocando-os em posições de confiança. TS3 122 5 De modo algum podem os membros da igreja mais eficientemente apoiar os esforços dos dirigentes de nossas instituições do que dando em seu próprio lar um exemplo de boa ordem e disciplina. Dêem os pais bom exemplo do que querem que eles sejam. Mantenham-se constantemente a pureza da linguagem e a verdadeira cortesia cristã. Não haja incentivo para o pecado, nem maledicência ou suspeita. Ensinai as crianças e jovens a respeitar-se a si mesmos, a ser fiéis aos princípios, leais a Deus. Ensinai-os a respeitar a lei de Deus e a ela obedecer, bem como os regulamentos do lar. Então praticarão em sua vida esses princípios, e executá-los-ão em todas as suas relações com os outros. Amarão o próximo como a si mesmos; criarão atmosfera pura e exercerão influência que animará as almas para seguirem o caminho que leva à santidade e ao Céu. TS3 122 6 Filhos que recebam tal instrução não serão um peso, nem causa de ansiedade em nossas instituições; serão um apoio para os que arcam com responsabilidades. Com a devida instrução, serão preparados para ocuparem lugares de confiança, e por preceito e exemplo, ajudarão constantemente os outros a procederem bem. Terão para com os próprios dons estima justa, e farão o melhor emprego de suas faculdades físicas, mentais e espirituais. Essas almas são fortalecidas contra a tentação; não são vencidas facilmente. Com a bênção de Deus, tais pessoas são portadoras de luz; sua influência tende a educar outros para uma vida comercial que seja vida cristã prática. TS3 123 1 Cheios do amor de Cristo às almas, e atentos aos seus privilégios e oportunidades, podem os membros da igreja exercer sobre os jovens de nossas instituições influência para o bem, que se acha além de avaliação. Seu exemplo de fidelidade no lar, nos negócios e na igreja, sua manifestação de cortesia social e cristã, combinados com o interesse genuíno na felicidade espiritual dos jovens, muito contribuirão para formar o caráter desses jovens para o serviço de Deus e de seus semelhantes, tanto nesta vida como na por vir. Deveres da casa publicadora para com a igreja TS3 123 2 Assim como a igreja tem responsabilidades para com a casa publicadora, também esta as tem para com a igreja. Uma deve apoiar a outra. TS3 123 3 Os que ocupam função de responsabilidade nas casas publicadoras, não devem permitir-se ficarem tão sobrecarregados de trabalho que não tenham tempo para manter o interesse espiritual. Sendo este espírito mantido desperto na casa publicadora, exercerá ele poderosa influência na igreja; e sendo mantido desperto na igreja, exercerá influência poderosa na casa publicadora. A bênção de Deus repousará sobre a obra, se for conduzida de modo que almas sejam ganhas para Cristo. Todos os obreiros da casa publicadora, que professam o nome de Cristo, devem ser ativos na igreja. É essencial para a sua vida espiritual que aproveitem todos os meios de graça. Obterão força, não por se deixarem ficar como espectadores, mas tornando-se ativos. Cada um deve estar alistado nalgum ramo de trabalho regular e sistemático em conexão com a igreja. Todos devem reconhecer que, como cristãos, esse é o seu dever. Por seu voto batismal acham-se sob compromisso de fazer tudo quanto esteja ao seu alcance para edificar a igreja de Cristo. Mostrai-lhes que isso requer o amor e lealdade ao seu Redentor, a lealdade para com o padrão da verdadeira varonilidade e feminilidade, a lealdade para com a instituição a que se acham ligados. Enquanto negligenciam esses deveres, não podem ser servos fiéis de Cristo, não podem ser homens e mulheres de real integridade, não podem ser obreiros aceitáveis na instituição de Deus. TS3 123 4 Os dirigentes dos vários departamentos da instituição devem exercer cuidado especial para que os jovens formem hábitos retos nesses ramos. Ao serem negligenciadas as reuniões da igreja, ou deixados por cumprir deveres ligados à sua obra, investigue-se a causa. Por meio de esforço bondoso, procurai, com tato, despertar os descuidosos e reavivar o interesse dissipado. TS3 124 1 Ninguém deve permitir que seu próprio trabalho sirva de desculpa para negligenciar o sagrado culto do Senhor. Muito melhor lhe seria pôr de lado o trabalho que diz respeito a si mesmo, do que negligenciar os deveres para com Deus. TS3 124 2 Aos Irmãos a quem Foram Confiadas Responsabilidades nas Casas Publicadoras: TS3 124 3 Insto convosco sobre a importância de assistir às nossas reuniões anuais; não simplesmente às de negócios, mas às que sejam para vossa iluminação espiritual. Não reconheceis a necessidade de ter ligação íntima com o Céu. Sem ela nenhum de vós está seguro; ninguém está capacitado para fazer aceitavelmente a obra de Deus. TS3 124 4 Nesta obra, mais do que em qualquer atividade secular, o êxito é proporcional ao espírito de consagração e sacrifício com que fazemos o trabalho. Os que têm responsabilidades como dirigentes na obra precisam colocar-se no lugar em que possam ser impressionados profundamente pelo Espírito de Deus. Deveis ter tanta maior ansiedade do que os outros, de receber o batismo do Espírito Santo e o conhecimento de Deus e de Cristo, quanto em vossa posição de confiança, sois mais responsáveis do que o obreiro comum. TS3 124 5 Dons naturais e adquiridos são todos dádivas de Deus e precisam ser constantemente mantidos sob o controle de Seu Espírito, de Seu divino, santificante poder. Precisais sentir muito profundamente vossa falta de experiência nesta obra, e fazer esforços árduos para adquirir o necessário conhecimento e sabedoria, a fim de que possais empregar todas as faculdades do corpo e espírito de modo que glorifiqueis a Deus. TS3 124 6 "E vos darei um coração novo." Ezequiel 36:26. Cristo tem que habitar em vosso coração, como o sangue se acha no corpo e nele circula como energia vitalizante. Sobre este assunto não podemos insistir demais. Ao mesmo tempo em que a verdade tem que ser nossa armadura, nossas convicções têm que ser fortalecidas pelas vivas simpatias que caracterizam a vida de Cristo. Sem exemplificar no caráter a verdade, a verdade viva, homem nenhum poderá subsistir. Só há um poder capaz de tornar-nos firmes, ou assim nos conservar -- a graça de Deus, na verdade. Quem confia em outra coisa qualquer, já está vacilante, prestes a cair. TS3 125 1 O Senhor deseja que nEle confieis. Aproveitai o máximo possível toda a oportunidade de vir para a luz. Se permanecerdes afastados das santas influências que vêm de Deus, como podereis discernir as coisas espirituais? TS3 125 2 Deus nos roga que façamos uso de toda oportunidade de conseguir o preparo para Sua obra. Ele de vós espera que empenheis na execução desta obra todas as energias e conserveis o coração consciente de sua santidade e tremendas responsabilidades. Os olhos de Deus estão sobre vós. Não é seguro, para nenhum de vós, apresentar-Lhe um sacrifício maculado, sacrifício que não custe nem estudo nem oração. Tal oferta Ele não pode aceitar. TS3 125 3 Rogo-vos que desperteis e busqueis a Deus por vós mesmos. Enquanto Jesus de Nazaré passa, clamai-Lhe com o maior fervor: "Jesus, Filho de Davi! tem misericórdia de mim" (Lucas 18:38), e recebereis vista. Pela graça de Deus recebereis aquilo que será para vós de mais valor que ouro, prata ou pedras preciosas. ------------------------Capítulo 28 -- A santidade dos instrumentos divinos TS3 125 4 Muitos há que não reconhecem a diferença existente entre um empreendimento comercial comum, tais como uma loja, fábrica, ou plantação de milho, e uma instituição estabelecida especialmente para fomentar os interesses da causa de Deus. Existe, porém, a mesma diferença que, outrora, Deus estabeleceu entre o sagrado e o comum, o santo e o profano. Essa distinção quer Ele que todo obreiro de nossas instituições discirna e aprecie. Os que ocupam cargos em nossas casas publicadoras são grandemente honrados. Sobre eles recai sagrada responsabilidade. São chamados para serem coobreiros de Deus. Devem ter em devida conta a oportunidade dessa ligação íntima com os agentes celestes, e sentir que são altamente favorecidos com a oportunidade de dedicar à instituição do Senhor a sua capacidade, serviço e vigilância infatigável. Devem ter propósito firme, aspiração elevada, zelo para fazer da casa publicadora justamente aquilo que Deus quer que seja -- uma luz no mundo, uma Sua testemunha fiel, um memorial do sábado do quarto mandamento. TS3 126 1 "E fez a minha boca como uma espada aguda, com a sombra da Sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa, e me escondeu na Sua aljava. E me disse: Tu és Meu servo; e Israel aquele por quem hei de ser glorificado. ... Pouco é que sejas o Meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os guardados de Israel; e também te dei para luz dos gentios, para seres a Minha salvação até à extremidade da Terra." Isaías 49:2-6. Esta é a palavra do Senhor para todos quantos, de qualquer maneira, estão ligados às instituições de Sua determinação. São favorecidos de Deus, porquanto são postos em condutos onde a luz resplandece. Desempenham um serviço especial, e não devem considerar isso de pouca importância. Proporcional à sua função de sagrada confiança deverá ser-lhes o senso de responsabilidade e devotamento. A conversação vulgar e o comportamento leviano não deverão ser tolerados. O senso da santidade do lugar deverá ser estimulado e cultivado. TS3 126 2 Sobre esse instrumento escolhido, exerce o Senhor constante, vigilante cuidado. O mecanismo pode ser posto em funcionamento por homens peritos no seu manejo; mas como seria fácil deixar desarranjados um pequeno parafuso ou uma pequena peça da maquinaria, e que desastroso poderia ser o resultado! Quem evitou os desastres? -- Os anjos de Deus superintenderam o trabalho. Se fosse possível para os que manejam as máquinas ter abertos os olhos, eles discerniriam os guardas celestiais. Em cada sala da casa publicadora onde é feito o trabalho, há uma testemunha anotando o espírito em que ele é feito, bem como a fidelidade e abnegação reveladas. ------------------------Capítulo 29 -- Cooperação TS3 126 3 No estabelecimento de instituições em novos campos, é muitas vezes necessário colocar responsabilidades sobre pessoas não plenamente familiarizadas com os pormenores da obra. Essas pessoas trabalham com grande desvantagem e, a menos que elas e seus coobreiros tenham interesse abnegado na instituição do Senhor, disso resultará um estado de coisas que lhe estorvará a prosperidade. TS3 127 1 Julgam muitos que o ramo de trabalho em que estão empenhados só lhes diga respeito a eles e que ninguém mais deveria a seu respeito fazer sugestão alguma. Esses mesmos podem ser ignorantes quanto aos melhores métodos de conduzir a obra; contudo, se alguém ousa dar-lhes conselhos, sentem-se ofendidos e tornam-se mais decididos a seguir seu critério independente. Outras vezes, obreiros há que não estão dispostos a ajudar nem a instruir seus coobreiros. Outros, inexperientes, não desejam que sua ignorância se torne notória. Cometem erros, à custa de muito tempo e material, porque são orgulhosos demais para pedir conselho. TS3 127 2 Não é difícil determinar a causa da dificuldade. Os obreiros foram como que os fios independentes, quando deveriam ter-se considerado fios que têm que ser tecidos juntos, a fim de concorrerem para formar o padrão. TS3 127 3 Estas coisas ofendem o Espírito Santo. Deus deseja que aprendamos uns dos outros. A não santificada independência coloca-nos no lugar em que Ele não pode trabalhar conosco. Com tal estado de coisas Satanás muito se agrada. TS3 127 4 Não deve haver segredos, nem ansiedade por temor de que outros adquiram o conhecimento possuído por alguns poucos. Semelhante espírito dá origem a constantes suspeitas e restrições. Condescende-se em pensar e suspeitar mal, e extingue-se do coração o amor fraternal. TS3 127 5 Cada ramo da obra de Deus tem ligação com outro ramo. Numa instituição presidida por Deus, não pode existir exclusivismo; pois Ele é o Senhor de todo o tato, todo o engenho; Ele é o fundamento de todos os métodos corretos. Ele é quem comunica conhecimentos a respeito deles, e homem algum deve considerar esses conhecimentos exclusivamente seus. TS3 127 6 Cada obreiro deve ter interesse em todos os ramos da obra, e se Deus lhe concedeu discernimento, capacidade e conhecimentos que ajudem em qualquer ramo, deve ele comunicar aos outros isso que recebeu. TS3 127 7 Toda capacidade que possa ser empregada na instituição, por meio do esforço desinteressado, deve ser posta em prática, a fim de que a instituição se torne um êxito, um vivo e operoso agente de Deus. Obreiros consagrados, que possuam talentos e influência, é o de que precisam as casas publicadoras. TS3 127 8 Todo obreiro será provado para ver se está trabalhando pelo progresso da instituição do Senhor ou para servir aos seus próprios interesses. Os que se converteram darão diariamente prova de que não procuram usar para seu proveito pessoal as vantagens e conhecimentos que adquiriram. Reconhecem que a Providência Divina lhes concedeu essas vantagens; que, como instrumentos do Senhor, podem servir à Sua causa, fazendo trabalho superior. TS3 128 1 Ninguém deve trabalhar pelo amor do elogio, ou ambição de supremacia. O obreiro fiel fará o melhor que está ao seu alcance porque assim fazendo pode glorificar a Deus. Procurará desenvolver todas as suas faculdades. Cumprirá os seus deveres como se fizesse para Deus. Seu único desejo será que Cristo receba homenagem e serviço perfeito. TS3 128 2 Empenhem os obreiros todas as suas energias no esforço de conseguir vantagens para a causa do Senhor. Assim procedendo eles mesmos adquirirão capacidade e eficiência. ------------------------Capítulo 30 -- Domínio próprio e fidelidade TS3 128 3 Não temos o direito de sobrecarregar nem as faculdades mentais nem as forças físicas, de maneira que nos exaltemos facilmente e sejamos levados a pronunciar palavras que desonrem a Deus. O Senhor deseja que sejamos sempre calmos e pacientes. Não obstante o que façam os homens, nós devemos representar a Cristo, procedendo como Ele procederia em circunstâncias idênticas. TS3 128 4 Quem ocupa posição de confiança, cada dia tem que tomar decisões das quais dependem resultados de grande importância. Muitas vezes tem que pensar com rapidez, e isso só podem fazer com êxito os que praticam temperança estrita. A mente fortalece-se sob o correto tratamento das faculdades físicas e mentais. Se o esforço for grande demais, adquire novo vigor com cada aplicação. TS3 128 5 Ninguém, senão o cristão sincero, pode ser uma pessoa realmente cortês. TS3 128 6 O deixar de conformar-se com os reclamos de Deus em todos os pormenores significa fracasso e prejuízo certos para o transgressor. Deixando de seguir o caminho do Senhor, rouba ele ao seu Criador o serviço que Lhe é devido. Isso reflete sobre si mesmo; deixa de conquistar a graça, a capacidade, a força de caráter que toda pessoa que tudo entrega a Deus tem o privilégio de receber. Vivendo apartado de Cristo, está exposto à tentação. Comete erros em sua obra para o Mestre. Infiel aos princípios em coisas mínimas, deixa de cumprir a vontade de Deus nas maiores. Procede segundo os princípios a que se acostumou. TS3 129 1 Deus não pode unir-Se aos que, colocando-se em primeiro lugar, vivem para agradar a si mesmos. Os que assim procedem, no fim hão de ser os últimos de todos. O pecado que mais se aproxima de ser desesperançadamente incurável é o orgulho da opinião própria e o egoísmo. Isso impede todo o crescimento. Quando o homem tem defeitos de caráter, e não obstante deixa de reconhecê-los; quando está tão possuído de presunção que não vê a sua falta, como pode então ser purificado? "Não necessitam de médico os sãos, mas sim os doentes." Mateus 9:12. Como pode alguém aperfeiçoar-se, se já se considera perfeito? TS3 129 2 Quando a pessoa que os demais supõem ser guiada e ensinada por Deus, se desvia do caminho por causa da presunção, muitos lhe seguem o exemplo. Seu passo errado pode levar milhares a desviarem-se também. TS3 129 3 A necessidade de produzir fruto, Considerai a parábola da figueira. TS3 129 4 "Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; e disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho; corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente. E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; e, se der fruto, ficará, e, se não, depois a mandarás cortar." Lucas 13:6-9. TS3 129 5 "Depois." Há nesta palavra uma lição para todos os que se acham ligados à obra de Deus. Foi concedido um período de graça à árvore que não produzia fruto. E da mesma forma tem Deus muita paciência com o Seu povo. Mas daqueles que tiveram grandes vantagens e se acham em posições de alta e sagrada confiança, e ainda assim não produzem fruto, diz Ele: "Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?" Lucas 13:7. TS3 129 6 Lembrem-se os que se acham ligados às instituições especiais do Senhor, de que Ele exigirá fruto de Sua vinha. Proporcionalmente às bênçãos concedidas serão os produtos exigidos. Anjos celestiais têm visitado todos os lugares em que se acham estabelecidas as instituições de Deus, e as têm ajudado. A infidelidade nessas instituições é pecado maior do que seria noutra parte, pois tem maior influência do que noutra parte teria. TS3 129 7 Infidelidade, injustiça, desonestidade, conivência com o mal, impedem a luz que Deus deseja brilhe de Suas instituições. TS3 129 8 O mundo está observando, pronto para, com rigor e severidade, criticar vossas palavras, comportamento e transações comerciais. Todo aquele que desempenha uma parte na obra de Deus é observado e pesado na balança do discernimento humano. No espírito de todos aqueles com quem tendes contato, fazem-se constantemente impressões, favoráveis ou desfavoráveis à religião bíblica. TS3 130 1 O mundo observa para ver que fruto é produzido pelos professos cristãos. Ele tem o direito de esperar abnegação e sacrifício da parte dos que pretendem crer em avançada verdade. TS3 130 2 Tem havido, e continuará a haver entre nossos obreiros os que não sentem necessidade de Jesus a cada passo. Julgam que não podem tomar tempo para orar nem assistir a reuniões religiosas. Têm tanto que fazer que não encontram tempo para conservar a alma no amor de Deus. Quando isso acontece, Satanás está em ação para criar vãs imaginações. TS3 130 3 Obreiros que não são diligentes nem fiéis, produzem mal incalculável. Constituem-se em exemplo para outros. Em cada instituição há alguns que prestam serviço sincero, com disposição alegre; mas, não os atingirá o fermento? Deverá a instituição ser deixada sem alguns sinceros exemplos de fidelidade cristã? Quando homens que pretendem ser representantes de Cristo revelam ser inconversos, de caráter grosseiro, egoísta, impuro, devem ser afastados da obra. TS3 130 4 Os obreiros precisam reconhecer a santidade do legado com que o Senhor os honrou. Motivos impulsivos, atos caprichosos, têm que ser postos de lado. Os que não sabem distinguir entre o santo e o profano, não são mordomos de confiança em altas responsabilidades. Quando tentados, trairão a confiança neles depositada. Os que não apreciam os privilégios e oportunidades de uma ligação com a obra de Deus, não subsistirão quando o inimigo apresentar suas tentações capciosas. São facilmente desviados por projetos egoístas, ambiciosos. Se, depois de lhes haver sido apresentada a luz, ainda deixarem de discernir entre o correto e o errado, quanto antes forem desligados da instituição, tanto mais pura e elevada será a reputação da obra. TS3 130 5 Não deve ser conservado em qualquer das instituições do Senhor quem numa crise deixe de reconhecer que Seus instrumentos são sagrados. Se os obreiros não têm satisfação na verdade; se sua ligação com a instituição não os torna melhores, não lhes traz o amor da verdade, então, depois de prova suficiente, afastai-os da obra; pois a sua irreligião e descrença influenciam os demais. Por meio deles operam anjos maus, para desviar os que entram como aprendizes. Deveis arranjar para aprendizes jovens promissores, que amem a Deus. Mas se os puserdes em convivência com outros que não têm amor a Deus, estarão sob o perigo constante da influência irreligiosa. Os insinceros e profanos, os que são dados à tagarelice, que vivem a comentar as faltas alheias, ao passo que se descuidam das próprias, devem ser afastados da obra. ------------------------Capítulo 31 -- O perigo das leituras impróprias TS3 131 1 Vendo o perigo que ameaça a juventude por causa das leituras impróprias, não posso abster-me de apresentar outra vez as advertências que me foram dadas acerca deste grande mal. TS3 131 2 O mal que para os obreiros resulta de manusear literatura de índole reprovável é muito pouco reconhecido. O assunto com que estão tratando lhes prende a atenção e desperta o interesse. Sentenças imprimem-se-lhes na memória. São-lhes sugeridos pensamentos. Quase inconscientemente o leitor é influenciado pelo espírito do escritor, e espírito e caráter recebem impressão para o mal. Alguns há que têm pouca fé e pouco domínio próprio, e é-lhes difícil banir os pensamentos sugeridos por essa leitura. TS3 131 3 Antes de aceitarem a verdade presente, alguns haviam formado o hábito de ler romances. Ao unirem-se à igreja, esforçavam-se para vencer esse hábito. Colocar perante essas pessoas leituras semelhantes às que abandonaram, equivaleria a oferecer bebidas intoxicantes ao embriagado. Cedendo à tentação que sempre os acomete, logo perdem o gosto na leitura sadia. Não têm interesse no estudo da Bíblia. Debilita-se-lhes a força moral. Cada vez menos repulsivo se lhes afigura o pecado. Manifesta-se crescente infidelidade, desprazer cada vez maior pelos deveres práticos da vida. Pervertendo-se o espírito, está ele pronto para prender-se a qualquer leitura de caráter estimulante. Assim se acha aberto o caminho para Satanás levar a alma sob seu domínio completo. TS3 131 4 As obras que não desviam nem corrompem tão decididamente, devem ainda ser evitadas, se comunicarem desprazer pelo estudo da Bíblia. Esta palavra é o maná verdadeiro. Reprimam todos o desejo de leituras que não sejam alimento para o espírito. Não podeis fazer a obra de Deus com percepção clara, enquanto o espírito se acha ocupado com esta espécie de leitura. Os que estão ao serviço de Deus não devem gastar tempo nem dinheiro com leituras levianas. Que tem a palha com o trigo? A leitura e a experiência religiosa TS3 132 1 Não há tempo para entregar-se a entretenimentos levianos, à satisfação de inclinações egoístas. É tempo de que vos ocupeis com pensamentos sérios. E não podereis participar da vida abnegada do Redentor do mundo, pronta para sacrificar-se, e ao mesmo tempo achar prazer em matar tolamente o tempo em ócio, brincadeiras e gracejos. Tendes grande necessidade de uma experiência prática na vida cristã. Precisais educar a mente para a obra de Deus. A experiência religiosa é em grande parte determinada pela espécie de livros que ledes em vossos momentos de lazer. TS3 132 2 Se amardes as Escrituras e as examinardes sempre que haja oportunidade, a fim de que possais entrar na posse de seus ricos tesouros, então podereis ter a certeza de que Jesus vos está atraindo para Si. TS3 132 3 "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. E estais perfeitos nEle." Colossences 2:8-10. TS3 132 4 Não podemos ser perfeitos em Cristo e contudo estar dispostos a aprender essas coisas que vêm dos chamados grandes homens da Terra, e colocar sua sabedoria acima da do maior Mestre que o mundo já conheceu. Procurar conhecimentos em fontes tais é representado na Palavra como procurar beber água de cisternas rotas, incapazes de conter água. TS3 132 5 Seja a verdade de Deus o assunto da contemplação e meditação. Lede a Bíblia e considerai-a a voz de Deus a falar-vos diretamente. Então encontrareis inspiração e aquela sabedoria que é divina. TS3 132 6 A acumulação de muitos livros para estudo, muitas vezes interpõe entre Deus e o homem um montão de conhecimentos que enfraquece o espírito e o torna incapaz de assimilar aquilo que já recebeu. A mente torna-se dispéptica. É preciso discernimento para que o homem possa escolher bem entre esses muitos autores e a Palavra da vida, a fim de que coma a carne e beba o sangue do Filho de Deus. TS3 132 7 Irmãos: Abandonai os rios das baixadas, e buscai as águas puras do Líbano. Não podereis andar na luz de Deus enquanto sobrecarregardes o espírito com um montão de substância que ele não pode digerir. É tempo de que resolvamos lançar mão do auxílio celeste e permitir que o espírito seja impressionado pela Palavra de Deus. Fechemos a porta para toda essa espécie de leitura. A menos que uma mais profunda obra de graça ocorra no espírito e no coração, não veremos jamais a face de Deus. ------------------------Capítulo 32 -- Fé e ânimo TS3 133 1 O Senhor ordenou a Moisés que recordasse aos filhos de Israel o Seu procedimento com eles ao libertá-los do Egito e protegê-los maravilhosamente no deserto. Deveria ele lembrar-lhes a incredulidade e murmurações quando levados a provações, e a grande misericórdia e benignidade do Senhor, que nunca os haviam abandonado. Isto lhes estimularia a fé e fortaleceria o ânimo. Ao mesmo tempo em que seriam levados a reconhecer seu pecado e fraqueza, reconheceriam também que Deus era sua justiça e força. TS3 133 2 Igualmente necessário é que o povo de Deus hoje tenha presente como e quando foram provados, e onde lhes fracassou a fé; onde, pela incredulidade e presunção, puseram em perigo a Sua causa. A misericórdia de Deus, Sua providência mantenedora, Seus inolvidáveis livramentos, devem ser rememorados, passo a passo. Ao recordar o passado, deve o povo de Deus ver que o Senhor está sempre repetindo Seu procedimento. Devem compreender as advertências feitas, e cuidar em não repetir os erros. Renunciando a toda confiança própria, devem confiar em que Ele os guardará de desonrar outra vez o Seu nome. Em cada vitória que Satanás alcança, almas são postas em perigo. Alguns se tornam objeto de suas tentações para nunca mais reabilitar-se. Andem, pois, cuidadosamente os que cometeram erros, orando a cada passo: "Dirige os meus passos nos Teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem." Salmos 17:5. TS3 133 3 Deus manda aflições a fim de provar quem permanecerá fiel sob a tentação. Ele a todos leva a situações difíceis, para ver se confiam num poder fora e acima deles. Cada um tem traços de caráter não descobertos ainda, que têm que vir à luz pela aflição. Deus permite que os que confiam em suas próprias forças sejam tentados severamente, a fim de que se compenetrem de sua incapacidade. TS3 134 1 Quando nos sobrevêm aflições; ao vermos perante nós, não o aumento de prosperidade, mas a pressão que exige sacrifício da parte de todos, como devemos enfrentar as insinuações de Satanás de que haveremos de passar um tempo muito difícil? Se dermos ouvidos às suas insinuações, surgirá a falta de fé em Deus. Em tal tempo devemos lembrar-nos de que Deus sempre teve cuidado de Suas instituições. Devemos olhar à obra que fez, às reformas que operou. Devemos juntar as evidências das bênçãos celestiais, os sinais para o bem, dizendo: "Senhor, cremos em Ti, nos Teus servos e na Tua obra. Em Ti confiaremos. A casa publicadora é Tua instituição, e não fracassaremos nem desanimaremos. Honraste-nos, ligando-nos com o Teu centro. Permaneceremos no caminho do Senhor, para fazer justiça e juízo. Desempenharemos a nossa parte, sendo fiéis à obra de Deus." Nossa maior necessidade TS3 134 2 Se, no lugar em que nos achamos, nos falta a fé quando se apresentam dificuldades, faltar-nos-ia fé em qualquer lugar. TS3 134 3 Nossa maior necessidade é de fé em Deus. Ao olharmos para o lado escuro, perdemos nossa segurança no Senhor Deus de Israel. Ao abrir-se o coração a temores e conjeturas, o caminho do progresso é obstruído pela incredulidade. Não pensemos jamais que Deus tenha abandonado Sua obra. TS3 134 4 Tem que haver menos comentário de incredulidade, menos conjeturas de que isto ou aquilo está impedindo o caminho. Avançai com fé; confiai em que o Senhor preparará o caminho para a Sua obra. Então encontrareis descanso em Cristo. Cultivando fé, e colocando-vos na devida relação para com Deus, e dispondo-vos, com fervorosa oração, a cumprir vosso dever, o Espírito Santo atuará em vós. Os muitos problemas que agora vos parecem misteriosos, vós mesmos podereis resolver, pela contínua confiança em Deus. Não precisais andar em penosa indecisão, pois estais vivendo sob a guia do Espírito Santo. Podeis andar e trabalhar com confiança. TS3 134 5 Se quisermos ter mãos limpas e coração puro, precisamos ter menos fé no que somos capazes de fazer, e mais no que o Senhor pode fazer por nós. Não estais empenhados em vosso próprio trabalho; estais fazendo a obra de Deus. TS3 134 6 Precisa-se de mais amor, mais franqueza, menos suspeita, menos pensar mal. Precisamos estar menos dispostos para culpar e acusar. É isso que é tão ofensivo a Deus. O coração precisa ser abrandado e subjugado pelo amor. O estado débil de nosso povo resulta de que seu coração não é reto para com Deus. Afastamento dEle, eis a causa da condição opressa de nossas instituições. TS3 135 1 Não vos acabrunheis. Olhando para as aparências, e queixando-vos quando vêm dificuldades e apuros, revelais fé doentia, debilitada. Por vossas palavras e obras, mostrai que vossa fé é invencível. O Senhor é rico em recursos. Ele possui o mundo. Olhai para Ele, que tem luz, e poder, e eficiência. Ele abençoará todo o que procura comunicar luz e amor. TS3 135 2 O Senhor deseja que todos compreendam que sua prosperidade se acha oculta com Ele em Cristo; que ela depende de sua humildade e mansidão, sua sincera obediência e devoção. Ao aprenderem do grande Mestre a lição de morrer para o próprio eu, de não depositar confiança no homem, nem fazer da carne o seu braço, então, invocando-O eles, o Senhor lhes será socorro presente em todo tempo de necessidade. Ele os guiará retamente. Estará à sua mão direita para lhes dar conselho. Dir-lhes-á: "Este é o caminho, andai nele." Isaías 30:21. TS3 135 3 Inspirem os irmãos que ocupam posições de responsabilidade, fé e ânimo nos obreiros. Lançai vossa rede no lado direito do barco, o lado da fé. Enquanto durar a graça, mostrai o que pode ser feito por uma igreja consagrada, viva. Ele nos suprirá as necessidades TS3 135 4 Não compreendemos como devêramos o grande conflito que se desenrola entre seres invisíveis, a luta entre anjos leais e desleais. Por todo homem contendem anjos bons e maus. Não é esse apenas um conflito simulado. Não são batalhas simuladas essas em que nos achamos empenhados. Temos que enfrentar adversários poderosíssimos, e compete-nos determinar quem deverá vencer. Acharemos nossa força onde os primeiros discípulos acharam a sua. "Todos estes perseveraram unanimemente em oração e súplicas." Atos dos Apóstolos 1:14. "E de repente veio do Céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados." "E todos foram cheios do Espírito Santo." Atos dos Apóstolos 2:2, 4. TS3 135 5 Não há desculpa para a apostasia ou desânimo, porquanto todas as promessas de graça celestial se dirigem aos que têm fome e sede de justiça. A intensidade de desejo representada pela fome e sede é um penhor de que será concedido o suprimento almejado. TS3 135 6 Tão logo reconheçamos a nossa incapacidade de fazer a obra de Deus, e nos submetamos à guia de Sua sabedoria, o Senhor poderá operar conosco. Se esvaziarmos do próprio eu a alma, Ele nos suprirá todas as necessidades. TS3 135 7 Ponde o vosso espírito e vontade onde o Espírito Santo os possa alcançar, pois Ele não operará através do espírito e da consciência de outro homem para alcançar vossa consciência e espírito. Com fervorosas orações pedindo sabedoria, fazei da Palavra de Deus o objeto de vosso estudo. Tomai conselho da razão santificada, rendida inteiramente a Deus. TS3 136 1 Olhai para Jesus com simplicidade e fé. Contemplai-O até que o espírito desmaie pelo excesso de luz. Não oramos a metade do que deveríamos. Não cremos a metade do que deveríamos. "Pedi, e dar-se-vos-á." Lucas 11:9. Orai, crede, fortalecei-vos uns aos outros. Orai como nunca dantes orastes, para que o Senhor sobre vós ponha a Sua mão, a fim de poderdes compreender a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o conhecimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. TS3 136 2 O fato de ser-nos pedido que suportemos aflições, prova que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa muito preciosa, que quer desenvolver. Se não visse em nós coisa alguma pela qual pudesse glorificar Seu nome, não gastaria tempo em refinar-nos. Nós não nos damos ao trabalho de podar espinheiros. Cristo não lança em Sua fornalha pedras sem valor. É o minério valioso o que Ele prova. TS3 136 3 O ferreiro põe no fogo o ferro e o aço a fim de lhes provar a têmpera. O Senhor permite que Seus escolhidos sejam postos na fornalha da aflição, a fim de que Ele possa ver de que têmpera são feitos, e se Ele os pode moldar e adaptar para a Sua obra. TS3 136 4 Lembrai-vos de que a oração é a fonte de vossa fortaleza. Não pode o obreiro alcançar êxito enquanto se apressa em suas orações, e sai à disparada para tratar de alguma coisa que teme possa vir a ser negligenciada ou esquecida. Dedica ele a Deus uns poucos momentos apressados; não toma tempo para pensar, orar, esperar do Senhor a renovação da robustez física e espiritual. Logo fica cansado. Não sente a influência elevadora e inspiradora do Espírito de Deus. Não é vivificado por vida nova. O corpo exausto e a mente cansada não são refrigerados pelo contato pessoal com Cristo. TS3 136 5 "Espera no Senhor, anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor." Salmos 27:14. "Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor." Lamentações 3:26. -- Testimonies for the Church 7:243, 244 (1902). TS3 136 6 Se cometerdes algum erro, transformai a vossa derrota em triunfo. As lições que Deus envia, quando bem aprendidas, sempre trarão auxílio em tempo oportuno. Ponde em Deus a vossa confiança. Orai muito, e crede. Confiando, esperando, crendo, apegando-vos à mão do Poder Infinito, sereis mais do que vencedores. TS3 137 1 Os verdadeiros obreiros andarão e trabalharão pela fé. Eles algumas vezes desanimam ao observar o diminuto avanço da obra, quando se fere árdua a batalha entre as forças do bem e do mal. Mas se não se permitirem fracasso nem desânimo, verão desfazerem-se as nuvens, e cumprir-se a promessa de livramento. Através da névoa com que Satanás os cercou, verão o resplendor dos brilhantes raios do Sol da Justiça. TS3 137 2 Trabalhai com fé e deixai com Deus os resultados. Orai com fé, e o mistério de Sua providência dará a resposta. Por vezes parecerá que não vencereis. Trabalhai, porém, e crede, pondo nos vossos esforços fé, esperança e ânimo. Depois de haverdes feito quanto podeis, esperai pelo Senhor, declarando a Sua fidelidade, e Ele cumprirá a Sua palavra. Esperai, não com impaciente ansiedade, mas com fé inquebrantável e confiança inabalável. -- Testimonies for the Church 7:244, 245 (1902). ------------------------Capítulo 33 -- Reuniões de comissões TS3 137 3 Lembrem-se os que assistem a reuniões de comissões, que eles ali se reúnem com Deus, que lhes deu a sua obra. Reúnam-se com reverência e coração consagrado. Ajuntam-se para estudar questões importantes relacionadas com a causa do Senhor. Em todos os pormenores devem os seus atos mostrar que estão desejosos de conhecer a Sua vontade no tocante aos planos a serem delineados para a promoção de Sua obra. Não percam um momento com conversas destituídas de importância, pois os negócios do Senhor devem ser efetuados de modo prático, perfeito. Se algum membro de uma comissão for descuidado e irreverente, seja ele lembrado de que se acha na presença de uma Testemunha por quem são pesados todos os atos. TS3 137 4 Fui instruída quanto a que nem sempre as reuniões de comissões agradam a Deus. Alguns têm comparecido a essas reuniões com espírito indiferente, endurecido, crítico, desamoroso. Esses podem produzir grande dano, pois com eles está o maligno, que os conserva no lado errado. Não raro sua atitude insensível para com medidas que estão sendo estudadas produz perplexidade, retardando decisões que deveriam ser tomadas. Os servos de Deus, necessitados de repouso de espírito e sono, têm ficado grandemente aflitos e preocupados com esses assuntos. Com a esperança de chegar a uma decisão, prolongam suas reuniões até altas horas da noite. Mas a vida é demasiado preciosa para ser desta forma posta em perigo. Deixai que o Senhor leve a carga. Esperai que Ele ajuste as dificuldades. Dai repouso ao cérebro cansado. Trabalhar demais é destrutivo para as faculdades físicas, mentais, e morais. Se forem concedidos ao cérebro períodos apropriados de repouso, os pensamentos serão claros e incisivos, e os trabalhos serão feitos com rapidez. A relação do regime alimentar para com as reuniões da comissão executiva TS3 138 1 Antes de nossos irmãos se reunirem em concílio ou reuniões da comissão executiva, deve cada um apresentar-se perante Deus, perscrutando cuidadosamente o coração e examinando-lhe rigorosamente os motivos. Orai para que o Senhor Se vos revele, de maneira que não critiqueis nem condeneis imprudentemente alguma proposta. TS3 138 2 Em mesas lautas, os homens muitas vezes comem muito mais do que pode ser digerido com facilidade. O estômago sobrecarregado não pode fazer devidamente seu trabalho. O resultado é uma sensação desagradável de embotamento do cérebro, e a mente não age com rapidez. Criam-se perturbações mediante combinações impróprias de alimentos; há fermentação; o sangue fica contaminado e o cérebro confuso. TS3 138 3 O hábito de comer em demasia, ou de comer demasiada variedade de alimentos na mesma refeição, causa freqüentemente dispepsia. Sério dano é assim causado aos delicados órgãos digestivos. Em vão protesta o estômago, e apela para o cérebro a fim de que raciocine da causa para o efeito. A quantidade excessiva de alimento ingerido, ou a sua combinação imprópria, faz a sua obra prejudicial. Em vão dão sua advertência os avisos desagradáveis. O sofrimento é a conseqüência. A doença toma o lugar da saúde. TS3 138 4 Perguntarão alguns: Que tem isto que ver com as reuniões de comissões? Muitíssimo. Os efeitos da alimentação errada são levados para as reuniões de concílios e comissões executivas. O cérebro é afetado pelo estado do estômago. O estômago perturbado produz estado de espírito perturbado, indeciso. O estômago doente produz estado doentio do cérebro, tornando muitas vezes a pessoa obstinada em manter opiniões errôneas. A suposta sabedoria dessa pessoa é loucura para com Deus TS3 138 5 Apresento isto como causa da situação em muitas reuniões de concílio e de comissões executivas, onde a assuntos que exigiam estudo acurado, bem pouca consideração foi dada, e decisões da maior importância foram tomadas precipitadamente. Muitas vezes, quando deveria ter havido unanimidade de sentimento na afirmativa, opiniões decididamente negativas mudaram inteiramente a atmosfera de uma reunião. Esses resultados têm-me sido apresentados repetidas vezes. TS3 139 1 Apresento estes assuntos agora porque sou instruída a dizer aos meus irmãos no ministério: Pela intemperança no comer, vós vos incapacitais para ver com clareza a diferença existente entre o fogo sagrado e o comum. E por essa intemperança também revelais vosso desrespeito pelas advertências que o Senhor vos fez. Sua palavra para vós é: "Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus. Todos vós que acendeis fogo e vos cingis com faíscas; andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes; isso vos vem da Minha mão, e em tormentos jazereis." Isaías 50:10, 11. TS3 139 2 Não nos deveremos aproximar do Senhor, para que Ele nos salve de toda intemperança no comer e beber, de toda paixão profana, sensual, de toda impiedade? Não nos deveremos humilhar perante Deus, pondo de lado tudo quanto corrompa a carne e o espírito, para que em seu temor possamos aperfeiçoar a santidade de caráter? Consideração cuidadosa e acompanhada de oração TS3 139 3 Que cada um dos que se assentam em concílios e reuniões de comissões escreva no coração as palavras: Estou trabalhando para o tempo e a eternidade; eu sou responsável perante Deus pelos motivos que me levam à ação. Seja esta a sua divisa. Seja sua a oração do salmista: "Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios. Não inclines o meu coração para o mal." Salmos 141:3, 4. TS3 139 4 Ao dar conselho para o avançamento da obra, homem nenhum sozinho deve ser um poder dominante, uma voz por todos. Os métodos e planos que forem propostos devem ser considerados com cuidado, de modo que todos os irmãos possam pesar os méritos relativos e resolver que métodos e planos devam ser seguidos. Ao estudar os campos para os quais nos pareça que o dever nos chama, convém tomar em conta as dificuldades que ali serão encontradas. TS3 139 5 Tanto quanto possível, devem as comissões fazer com que o povo compreenda os seus planos, a fim de que a opinião da igreja possa amparar-lhes os esforços. Muitos membros da igreja são prudentes, e possuem outras excelentes qualidades de espírito. Dever-se-ia despertar-lhes o interesse no progresso da causa. Muitos poderão ser levados a ter conhecimento mais profundo da obra de Deus, e buscar sabedoria do alto para estender o reino de Cristo, salvando almas que estão a perecer à míngua do pão da vida. Homens e mulheres de espírito nobre hão de ser ainda acrescentados ao número dos de quem está escrito: "Não Me escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi a vós, ... para que vades e deis fruto." João 15:16. TS3 140 1 Deveis levar convosco o Senhor para cada uma de vossas comissões. Se sentirdes a Sua presença em vossas reuniões, todo procedimento será considerado conscienciosamente e acompanhado de oração. Todo motivo sem base em princípios será reprimido, e a retidão caracterizará o vosso procedimento, tanto nos assuntos de pequena quanto nos de maior importância. Buscai primeiramente o conselho de Deus; pois isso vos é necessário para vos aconselhardes uns aos outros devidamente. TS3 140 2 Precisais vigiar, para que as atividades trabalhosas da vida vos não levem a negligenciar a oração quando mais precisardes da fortaleza que a oração vos dará. A piedade está em perigo de ser alijada da alma pelo superdevotamento aos negócios. Grande mal é defraudar a alma da fortaleza e sabedoria celestiais que aguardam o vosso pedido. Precisais da espécie de iluminação que só Deus pode fornecer. Ninguém além de quem possui essa sabedoria, está capacitado para promover os seus negócios. -- Testimonies for the Church 5:560 (1889). ------------------------Capítulo 34 -- Disciplina da igreja TS3 140 3 Tratando com membros que cometem faltas, o povo de Deus deve seguir estritamente as instruções dadas pelo Salvador no décimo oitavo capítulo de Mateus. TS3 140 4 Os seres humanos são propriedade de Cristo, resgatados por preço infinito, e estão-Lhe vinculados pelo amor que Ele e o Pai têm manifestado. Que cuidado devemos por isso exercer em nosso trato recíproco! O homem não tem o direito de suspeitar mal de seu semelhante. Os membros da igreja não têm o direito de seguir seus próprios impulsos e inclinações no trato com irmãos que cometeram faltas. Não devem nem mesmo manifestar qualquer preconceito em relação a eles, porque assim fazendo implantam no espírito de outros o fermento do mal. Informações desfavoráveis a algum irmão ou irmã são transmitidas entre os irmãos de um para outro, e praticam-se erros e injustiças pelo único fato de se não estar disposto a obedecer às instruções do Senhor Jesus. TS3 141 1 "Se teu irmão pecar contra ti", disse Cristo, "vai, e repreende-o entre ti e ele só." Mateus 18:15. Não conteis a outros o caso de vosso irmão. Confia-se o caso a uma pessoa, a outra e mais outra; e o mal continua crescendo até que toda a igreja vem a sofrer. Resolve o caso "entre ti e ele só". Este é o plano divino. "Não te apresses o litigar, para depois, ao fim, não saberes o que hás de fazer, podendo-te confundir o teu próximo. Pleiteia a tua causa com o teu próximo mesmo, e não descubras o segredo de outro." Provérbios 25:8, 9. Não tolereis pecado em vosso irmão; mas também não o exponhais ao opróbrio, aumentando assim a dificuldade, de sorte que a repreensão pareça vingança. Corrigi-o do modo proposto na Palavra de Deus. TS3 141 2 Não permitais que vosso ressentimento redunde em maldade. Não consintais que a ferida supure, abrindo-se em termos envenenados, que venham a deixar nódoa no espírito dos que vos ouvem. Não admitais que persistam em vosso espírito e no dele pensamentos de amargura. Ide ter com vosso irmão e, com humildade e sinceridade, debatei com ele o assunto. TS3 141 3 Seja qual for a natureza da ofensa, ela não impede que se adote o mesmo plano divino para dirimir mal-entendidos e ofensas. Falar a sós e no espírito de Cristo com a pessoa que praticou a falta, bastará, às vezes, para remover a dificuldade. Ide ter com a pessoa que cometeu a falta e, com o coração cheio do amor e da simpatia de Cristo, buscai com ela reconciliar-vos. Arrazoai com ela com calma e mansidão. Não vos exprimais em termos violentos. Falai-lhe em tom que apele para o bom senso, lembrando as palavras: "Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados." Tiago 5:20. TS3 141 4 Levai a vosso irmão o remédio que cure o mal-estar da desavença. Fazei quanto em vós cabe para levantá-lo. Por amor da paz e da unidade da igreja, considerai um privilégio, senão um dever, o fazer isso. Se ele vos ouvir, tereis ganho um amigo. O céu está interessado TS3 141 5 Todo o Céu toma interesse na entrevista que se efetua entre o ofendido e o ofensor. Se este aceita a repreensão ministrada no amor de Cristo, reconhecendo sua falta e pedindo perdão a Deus e ao irmão, a luz celestial lhe inundará a alma. A controvérsia estará terminada e restabelecida a confiança. O santo óleo do amor faz cessar a dor provocada pela injustiça. O Espírito de Deus torna a unir os corações e há nos Céus música pelo restabelecimento da união. TS3 142 1 Quando as pessoas deste modo unidas em comunhão cristã fazem orações a Deus, comprometendo-se a proceder retamente, amar a misericórdia e andar diante dEle em humildade, recebem grandes bênçãos e, se tiverem feito injustiças a outros, prosseguirão em sua obra de arrependimento, confissão e restituição, inteiramente dispostas a praticar mutuamente o bem. Este é o cumprimento da lei de Cristo. TS3 142 2 "Se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada." Mateus 18:16. Tomai convosco a irmãos espirituais, e falai acerca da falta com o que estiver em erro. É possível que ceda ao apelo desses irmãos. Vendo o seu acordo no assunto, talvez se persuada. TS3 142 3 "E, se não as escutar", que se deverá fazer então? Deverão alguns poucos, em reunião de comissão tomar a responsabilidade de excluir o irmão? "Se não as escutar", continua dizendo Jesus, "dize-o à igreja." Mateus 18:17. Deixai que a igreja decida o caso de seus membros. TS3 142 4 "Se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano." Mateus 18:17. Se não atender à igreja, se rejeitar os esforços feitos para reconquistá-lo, é a igreja que deve tomar a si a responsabilidade de excluí-lo de sua comunhão. Seu nome deverá então ser riscado do livro. TS3 142 5 Nenhum oficial de igreja deve aconselhar, nenhuma comissão recomendar e igreja alguma votar a eliminação dos livros do nome de alguém que haja cometido falta, sem que as instruções de Cristo a esse respeito sejam fielmente cumpridas. Se essas instruções houverem sido observadas, a igreja está limpa diante de Deus. A injustiça tem então que aparecer tal como é e ser removida, para que não prolifere. O bem-estar e a pureza da igreja devem ser salvaguardados para que possa estar sem mancha diante de Deus, revestida da justiça de Cristo. TS3 142 6 Quando a alma que errou se arrepende e submete à disciplina de Cristo, cumpre tentar com ela nova experiência. E mesmo que não se arrependa e venha a ser excluída da igreja, os servos de Deus têm o dever de com ela tentar esforços, buscando induzi-la ao arrependimento. Se se render à influência do Espírito de Deus, dando prova de arrependimento, confessando o pecado e a ele renunciando, por mais grave que seja, deve merecer o perdão e ser de novo recebida na igreja. Aos irmãos compete encaminhá-la pela vereda da justiça, tratá-la como desejariam ser tratados em seu lugar, olhando por si mesmos para que não sejam do mesmo modo tentados. TS3 142 7 "Em verdade vos digo", prossegue Jesus, "que tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu." Mateus 18:18. Agir em lugar de Cristo TS3 143 1 Estas palavras de Cristo conservam sua autoridade em todos os tempos. À igreja foi conferido o poder de agir em lugar de Cristo. É a agência de Deus para a conservação da ordem e disciplina entre Seu povo. A ela o Senhor delegou poderes para dirimir todas as questões concernentes à sua prosperidade, pureza e ordem. Sobre ela impôs a responsabilidade de excluir de sua comunidade os que dela são indignos, que por seu procedimento anticristão acarretam desonra para a causa da verdade. Tudo quanto a igreja fizer em conformidade com as instruções dadas na Palavra de Deus, será sancionado no Céu. TS3 143 2 Surgem muitas vezes questões graves que têm que ser liqüidadas pela igreja. Os ministros de Deus, por Ele ordenados para guia de Seu povo, devem, depois de fazer sua parte, submeter todo o caso à igreja a fim de que possa haver unidade na decisão a tomar. TS3 143 3 O Senhor exige muito cuidado da parte de Seus seguidores no trato recíproco. Sua missão é elevar, restaurar e curar. Todavia, cumpre não negligenciar a disciplina da igreja. Os membros devem considerar-se alunos de uma escola, cumprindo-lhes aprender a formar caráter digno de sua alta vocação. TS3 143 4 Na igreja, da Terra, os filhos de Deus devem ser preparados para a grande reunião da igreja no Céu. Os que aqui levam vida de conformidade com a doutrina de Cristo, podem ter a certeza de um lugar perpétuo na família dos remidos. TS3 143 5 O amor de Deus à raça caída é uma manifestação peculiar de amor -- amor originado da graça, porque os seres humanos não o merecem. A graça supõe imperfeição no objeto a que é dispensada. Como conseqüência do pecado a graça se tornou necessária. TS3 143 6 É possível que, para a formação de vosso caráter, muito trabalho seja ainda requerido e sejais ainda pedra tosca que tem que ser burilada antes de poder preencher dignamente seu lugar no templo de Deus. Não deve surpreender-vos, pois, que, com o martelo e o cinzel, Deus Se ponha a desbastar as arestas para ocupardes o lugar que vos destina. Ser humano algum pode efetuar essa obra. Só Deus a pode executar. E podeis estar certos de que nenhum golpe será dado em falso. Todos os seus golpes são dados com amor, para vossa felicidade perpétua. Ele conhece vossas fraquezas e trabalha para restaurar, não para destruir. ------------------------Capítulo 35 -- A comissão TS3 144 1 É propósito de Deus que Seu povo seja um povo santificado, purificado, santo, comunicando luz a todos os que se acham em seu redor. É Seu propósito que, exemplificando em sua vida a verdade, sejam um louvor na Terra. A graça de Cristo é suficiente para efetuar isso. Lembre o povo de Deus, porém, que unicamente crendo e executando os princípios do evangelho, poderá Ele torná-los um louvor na Terra. Unicamente usando no serviço de Deus a capacidade que Ele lhes concedeu, fruirão a plenitude e poder da promessa sobre que a igreja foi chamada a ficar de pé. Se os que professam crer em Cristo como seu Salvador só atingirem a norma baixa da medida mundana, a igreja deixará de produzir a colheita farta que Deus espera. "Achado em falta" (Daniel 5:27), será escrito em seu registro. TS3 144 2 A comissão que Cristo deu aos discípulos justamente antes de Sua ascensão é o grande alvará missionário de Seu reino. Dando-o aos discípulos, fê-los o Salvador embaixadores Seus, e conferiu-lhes credenciais. Se, depois, porventura fossem desafiados e se lhes perguntasse por autoridade de quem eles, iletrados pescadores que eram, saíam a ensinar e curar, poderiam responder: "Aquele a quem os judeus crucificaram, mas ressurgiu dos mortos, nos elegeu para o ministério de Sua Palavra, declarando: 'É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra'." Mateus 28:18. TS3 144 3 Cristo deu esta comissão aos Seus discípulos como principais ministros Seus, os arquitetos que deveriam pôr os alicerces de Sua igreja. Sobre eles, e sobre todos quantos os sucedessem como ministros Seus, depôs o encargo de transmitir o Seu evangelho de geração a geração, de século a século. TS3 144 4 Os discípulos não deviam esperar que o povo fosse ter com eles. Deviam eles ir ter com o povo, procurando pecadores, como o pastor busca ovelhas desgarradas. Cristo lhes apresentou o mundo como seu campo de trabalho. Deviam ir a todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15. A respeito do Salvador é que deviam pregar -- acerca de Sua vida de serviço abnegado, Sua morte ignominiosa, Seu amor imutável e inigualável. Seu nome devia ser-lhes a senha, o vínculo de união. Em Seu nome deviam vencer as fortalezas do pecado. A fé em Seu nome devia assinalá-los como cristãos. O poder prometido TS3 145 1 Dando aos discípulos ainda outras instruções, disse Cristo: "Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra." Atos dos Apóstolos 1:8. "Ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder." Lucas 24:49. TS3 145 2 Em obediência à palavra de seu Mestre, os discípulos reuniram-se em Jerusalém para esperar o cumprimento da promessa de Deus. Aí passaram dez dias -- dias de profundo exame de coração. Puseram de lado todas as divergências, e uniram-se estreitamente em comunhão cristã. TS3 145 3 Ao fim dos dez dias cumpriu o Senhor Sua promessa por meio de um maravilhoso derramamento de Seu Espírito. "De repente veio do Céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." "Naquele dia agregaram-se quase três mil almas." Atos dos Apóstolos 2:2-4, 41. TS3 145 4 "E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a Palavra com os sinais que se seguiram." Marcos 16:20. A despeito da feroz perseguição que os discípulos sofreram, dentro de breve espaço de tempo o evangelho do reino fora proclamado a todas as partes habitadas da Terra. TS3 145 5 A comissão dada aos discípulos é-nos dada também a nós. Hoje, como naquele tempo, um Salvador crucificado e ressurgido deve ser exaltado perante os que, no mundo, se acham sem Deus e sem esperança. O Senhor chama pastores, professores e evangelistas. Porta a porta devem Seus servos proclamar a mensagem da salvação. A toda nação, tribo, língua e povo, devem ser levadas as boas novas do perdão de Cristo. TS3 145 6 Não deve a mensagem ser proclamada com timidez, destituída de vida, mas com clareza, positividade, e de maneira a despertar. Centenas de pessoas estão esperando o aviso de escaparem para salvar a vida. O mundo precisa ver nos cristãos uma prova do poder do cristianismo. Não meramente nalguns lugares, mas por todo o mundo, precisamos de mensageiros de misericórdia. De todos os países se ouve o clamor: "Vem e ajuda-nos!" Atos dos Apóstolos 16:9. Ricos e pobres, elevados e humildes, pedem luz. Homens e mulheres estão famintos da verdade tal como é em Jesus. Ao ouvirem o evangelho pregado com poder do alto, saberão que o banquete lhes está preparado, e atenderão ao convite: "Vinde, que já tudo está preparado." Lucas 14:17. TS3 146 1 As palavras: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15), são dirigidas a cada um dos seguidores de Cristo. Todos os que estão destinados a participar da vida de Cristo, estão destinados para trabalhar pela salvação de seus semelhantes. O mesmo anelo de alma que Ele sentiu pela salvação dos perdidos deve ser neles manifesto. Nem todos podem ocupar o mesmo cargo, mas para todos há um lugar e um trabalho. Todos sobre quem foram derramadas as bênçãos de Deus, devem corresponder por meio de serviço fiel. Cada dom deve ser empregado para o avançamento do Seu reino. Promessa imutável TS3 146 2 Cristo tomou todas as providências para o prosseguimento da obra confiada aos discípulos, e assumiu Ele próprio a responsabilidade do êxito da mesma. Enquanto obedecessem à Sua palavra e com Ele trabalhassem em união, não poderiam fracassar. Ide a todas as nações, ordenou-lhes Ele. Ide aos homens mais afastados do globo habitável, mas sabei que a minha presença ali estará. Trabalhai com fé e confiança, pois não virá jamais o tempo em que Eu vos abandone. TS3 146 3 Também a nós é feita a promessa da permanente presença de Cristo. O passar do tempo não operou mudança alguma na promessa que fez ao partir. Ele está conosco hoje, tão realmente como estava com os discípulos, e conosco estará "até à consumação dos séculos". Mateus 28:20. TS3 146 4 "Ide pregar o evangelho a todas as gentes", diz-nos o Salvador, "a fim de que possam tornar-se filhos de Deus. Eu estarei convosco nessa obra, ensinando, guiando, animando, fortalecendo, dando-vos êxito em vosso trabalho de abnegação e sacrifício. Farei impressão sobre corações, convencendo-os do pecado, e volvendo-os das trevas para a luz, da desobediência para a justiça. Na Minha luz verão a luz. Encontrareis oposição de agentes satânicos; mas ponde em Mim a vossa confiança. Eu nunca vos faltarei." TS3 146 5 Não pensais que Cristo dá valor aos que vivem inteiramente para Ele? Não pensais que visita os que, como o amado João, estão, por Sua causa, em lugares difíceis e decisivos? Ele encontra o lugar em que se acham os Seus fiéis, e com eles mantém comunhão, animando e fortalecendo-os. E anjos de Deus, magníficos em poder, são enviados por Deus para auxiliar Seus obreiros humanos que estão contando a verdade aos que a não conhecem. ------------------------Capítulo 36 -- A promessa do espírito TS3 147 1 Deus não requer de nós que façamos em nossa própria força a obra que temos para realizar. Proveu Ele assistência divina para todas as emergências, para as quais nossos recursos humanos são insuficientes. Dá o Espírito Santo para auxiliar em qualquer apuro, para fortalecer-nos a esperança e certeza, para nos iluminar a mente e purificar o coração. TS3 147 2 Justamente antes de Sua crucifixão, disse o Salvador aos discípulos: "Não vos deixarei órfãos." "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre." João 14:18, 16. "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir." João 16:13. "O Espírito Santo...vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." João 14:26. TS3 147 3 Cristo tomou providência para que Sua igreja seja um corpo transformado, iluminado com a luz do Céu, possuindo a glória de Emanuel. É Seu desígnio que todo cristão esteja circundado de uma atmosfera espiritual de luz e paz. Não há limite para a utilidade de quem, pondo de parte o próprio eu, dá lugar à obra do Espírito Santo no coração, e vive vida inteiramente consagrada a Deus. TS3 147 4 Qual foi o resultado do derramamento do Espírito no dia de Pentecoste? -- As alegres novas de um Salvador ressurreto foram levadas aos mais longínquos recessos do mundo habitado. O coração dos discípulos estava sobrecarregado de benevolência tão abundante, tão profunda, de alcance tão vasto, que os impelia a ir aos confins da Terra, testificando: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo." Gálatas 6:14. Ao proclamarem a verdade tal como é em Jesus, corações se rendiam ao poder da mensagem. A igreja viu conversos a ela afluírem de todas as direções. Pessoas apostatadas, de novo se converteram. Pecadores uniam-se aos cristãos em busca da pérola de grande preço. Os que haviam sido os mais acérrimos oponentes do evangelho, tornaram-se os seus campeões. Cumpriu-se a profecia de que o fraco seria "como Davi", e a casa de Davi "como o anjo do Senhor". Zacarias 12:8. Cada cristão via em seu irmão a divina semelhança de amor e benevolência. Um só interesse prevalecia. Um só objeto de emulação absorvia todos os demais. A única ambição dos crentes era revelar a semelhança do caráter de Cristo e trabalhar pelo engrandecimento de Seu reino. TS3 148 1 "Os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça." Atos dos Apóstolos 4:33. Em resultado de seus trabalhos acrescentaram-se à igreja homens escolhidos que, recebendo a Palavra da vida, consagravam-se à obra de comunicar a outros a esperança que lhes enchera de paz e alegria o coração. Centenas proclamavam a mensagem: "O reino de Deus está próximo." Marcos 1:15. Não podiam ser impedidos nem intimidados por ameaças. O Senhor por eles falava; e, aonde quer que fossem, os doentes eram curados e aos pobres era pregado o evangelho. TS3 148 2 De maneira assim poderosa pode Deus atuar quando os homens se entregam ao controle de Seu Espírito! TS3 148 3 A nós hoje, tão certamente como aos primeiros discípulos, pertence a promessa do Espírito. Deus dotará hoje homens e mulheres com poder do alto, da mesma maneira que dotou aqueles que, no dia de Pentecoste, ouviram a palavra de salvação. Nesta mesma hora Seu Espírito e Sua graça se acham à disposição de todos quantos deles necessitam e Lhe pegarem na palavra. Primeiramente a unidade perfeita TS3 148 4 Notai que só depois de haverem os discípulos entrado em união perfeita, quando não mais contendiam pelas posições mais elevadas, foi o Espírito derramado. Estavam unânimes. Todas as divergências haviam sido postas de lado. E o testemunho dado a seu respeito depois de derramado o Espírito, é o mesmo. Notai a expressão: "Era um o coração e a alma da multidão dos que criam." Atos dos Apóstolos 4:32. O Espírito dAquele que morreu para que os pecadores vivessem, animava toda a congregação de crentes. TS3 148 5 Os discípulos não pediram uma bênção para si. Arcavam sob o peso da preocupação pelas almas. O evangelho deveria ser levado aos confins da Terra, e reclamaram a dotação de poder que Cristo prometera. Foi então derramado o Espírito Santo, e milhares se converteram num dia. TS3 148 6 Assim pode ser agora. Ponham de parte os cristãos toda dissensão, e entreguem-se a Deus para a salvação dos perdidos. Com fé peçam a bênção prometida, e virá. O derramamento do Espírito nos dias dos apóstolos foi a "chuva temporã", e glorioso foi o resultado. Mas a chuva serôdia será mais abundante. Qual é a promessa para os que vivem nos últimos dias? -- "Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos recompensarei em dobro." Zacarias 9:12. "Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia; o Senhor, que faz os relâmpagos, lhes dará chuveiro de água, e erva no campo a cada um." Zacarias 10:1. Até ao fim TS3 149 1 Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até o fim. Mas essa promessa não é devidamente apreciada; e portanto também não a vemos cumprir-se na medida em que a poderíamos ver. A promessa do Espírito é assunto em que pouco se pensa; e o resultado é o que é de esperar -- aridez, trevas, decadência e morte espirituais. Assuntos de menor importância ocupam a atenção, e o poder divino que é necessário ao desenvolvimento e prosperidade da igreja e que traria após si todas as outras bênçãos, esse falta, conquanto oferecido em sua infinita plenitude. TS3 149 2 A ausência do Espírito é que torna tão destituído de poder o ministério evangélico. Pode possuir-se erudição, talento, eloqüência, ou qualquer dom natural ou adquirido; mas, sem a presença do Espírito de Deus, nenhum coração será tocado, pecador algum ganho para Cristo. Por outro lado, se estiverem ligados a Cristo, se os dons do Espírito lhes pertencerem, o mais pobre e ignorante de Seus discípulos terá um poder que influenciará corações. Deus os faz condutos para a dimanação da mais elevada influência no Universo. TS3 149 3 Por que não temos fome nem sede do dom do Espírito, visto como é este o meio pelo qual haveremos de receber poder? Por que não falamos sobre Ele, não oramos por Ele e não pregamos a Seu respeito? O Senhor está mais disposto a dar-nos o Espírito Santo do que os pais terrestres a dar boas dádivas aos filhos. Pelo batismo do Espírito deve todo obreiro estar pleiteando com Deus. Devem reunir-se grupos para pedir auxílio especial, sabedoria celeste, a fim de que saibam como fazer planos e executá-los, com sabedoria. Especialmente devem os homens orar para que Deus batize com o Espírito Santo os Seus missionários. TS3 149 4 A presença do Espírito com os obreiros de Deus conferirá à apresentação da verdade um poder que nem toda a honra ou glória do mundo poderiam dar. O Espírito fornece a energia que sustenta as almas que se esforçam e lutam, em todas as emergências, em meio do desamor dos parentes, do ódio do mundo e da intuição de suas próprias imperfeições e erros... TS3 149 5 O zelo por Deus levou os discípulos a darem testemunho da verdade com grande poder. Não deveria esse mesmo zelo levar-nos o coração a ficar possuído da ardente resolução de contar a história do amor redentor, de Cristo, e Ele crucificado? Não há de vir o Espírito de Deus hoje, em resposta à oração fervorosa, perseverante, e encher os homens de poder para o serviço? Por que, então, se acha a igreja tão fraca e abatida? TS3 150 1 É privilégio de todo cristão, não só aguardar, mas mesmo apressar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Se todos os que professam o Seu nome estivessem produzindo frutos para Sua glória, quão rapidamente não seria lançada em todo o mundo a semente do evangelho! Depressa amadureceria a última seara, e Cristo viria para juntar o precioso grão. TS3 150 2 Meus irmãos e irmãs, pleiteai pelo Espírito Santo. Deus sustenta toda promessa que fez. Com a Bíblia na mão, dizei: "Fiz como disseste. Apresento a Tua promessa: Pedi, 'e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á'." Mateus 7:7. Cristo declara: "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis." Marcos 11:24. "Tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho." João 14:13. TS3 150 3 O arco-íris ao redor do trono é uma garantia de que Deus é fiel; de que nEle não há mudança nem sombra alguma de variação. Pecamos contra Ele e somos imerecedores de Seu favor; contudo Ele próprio nos pôs nos lábios aquela tão maravilhosa súplica: "Não nos rejeites por amor do Teu nome; não abatas o trono da Tua glória; lembra-Te, e não anules o Teu concerto conosco." Jeremias 14:21. Ele próprio Se obrigou a atender ao nosso clamor, quando nos chegamos a Ele confessando nossa indignidade e pecado. A honra de Seu trono está posta como penhor do cumprimento de Sua palavra a nós. TS3 150 4 Cristo envia Seus mensageiros a toda parte do Seu domínio para comunicar aos Seus servos a Sua vontade. Anda Ele no meio de Suas igrejas. Deseja santificar, elevar e enobrecer os Seus seguidores. A influência dos que crêem nEle será no mundo um cheiro de vida para vida. Cristo tem em Sua mão direita as estrelas, e tem o propósito de fazer com que, por meio delas, a Sua luz brilhe, resplandeça para o mundo. Assim quer Ele preparar Seu povo para serviço mais elevado na igreja celeste. Conferiu-nos Ele um grande trabalho para fazer. Façamo-lo com fidelidade. Mostremos em nossa vida o que a graça divina pode fazer em prol da humanidade. TS3 150 5 Quando o Espírito Santo controlar a mente de nossos membros da igreja, ver-se-ão nesta, na linguagem, no ministério, na espiritualidade, mais alta norma do que agora existe. Os membros da igreja serão refrigerados pela água da vida, e os obreiros, trabalhando sob as ordens de um único Chefe, o próprio Cristo, revelarão o Seu Mestre no espírito, nas palavras, nos atos, e animar-se-ão mutuamente para avançar no glorioso trabalho de finalização em que nos empenhamos. Haverá substancial aumento de unidade e amor, que testificarão para o mundo que Deus enviou Seu Filho para morrer pela redenção dos pecadores. A verdade divina será exaltada; e ao brilhar como uma lâmpada acesa, compreendê-la-emos com maior, muito maior clareza. -- Testimonies for the Church 8:211 (1904). TS3 151 1 Foi-me mostrado que, se o povo de Deus não fizer esforços, de sua parte, mas esperar apenas que sobre eles venha o refrigério, para deles remover os defeitos e corrigir os erros; se nisso confiarem para serem purificados da imundícia da carne e do espírito, e preparados para tomar parte no alto clamor do terceiro anjo, serão achados em falta. O refrigério ou poder de Deus só atingirá os que se houverem para ele preparado, fazendo o trabalho que Deus ordena, isto é, purificando-se de toda a impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando-se em santidade, no temor de Deus. -- Testimonies for the Church 1:619 (1867). TS3 151 2 Esta atuação do Espírito de Deus não nos isenta da necessidade de exercitarmos as nossas faculdades e talentos, mas nos ensina a usar toda capacidade para a glória de Deus. As faculdades humanas, quando sob a direção especial da graça de Deus, são suscetíveis de ser usadas para o melhor propósito na Terra, e serão exercidas na futura vida imortal. -- Testimonies for the Church 4:372 (1879). TS3 151 3 Para que foi registrada a história da obra dos discípulos, a trabalharem com zelo santo, animados e vitalizados pelo Espírito Santo, se não para que o povo do Senhor hoje daí obtivesse inspiração para por Ele trabalhar ardorosamente? O que o Senhor fez por Seu povo naquele tempo, é exatamente tão necessário, e mesmo mais, faça pelos Seus hoje. Tudo que os apóstolos fizeram, deve hoje fazer cada membro da igreja. E nós devemos trabalhar com tanto maior fervor, e ser acompanhados do Espírito Santo em medida tanto maior, quanto o aumento da impiedade exige um mais decidido apelo ao arrependimento. -- Testimonies for the Church 7:33 (1902). ------------------------Capítulo 37 -- A obra na pátria e no estrangeiro TS3 152 1 "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que Eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem. Porque nisto é verdadeiro o ditado, que um é o que semeia, e outro o que ceifa." João 4:35-37. TS3 152 2 Depois de semear a semente, o lavrador é compelido a esperar meses até que germine e se desenvolva o grão até ao ponto de ser ceifado. Mas ao semeá-lo ele é incentivado pela expectação do fruto no futuro. Seu trabalho é suavizado com a esperança de boa retribuição no tempo da colheita. TS3 152 3 Assim não aconteceu, porém, com as sementes da verdade semeadas por Cristo na mente da samaritana durante Sua conversa com ela junto ao poço. A ceifa da Sua semeadura não foi remota, mas imediata. Mal haviam Suas palavras sido proferidas, e já as sementes assim semeadas brotaram e produziram fruto, despertando-lhe o entendimento, e capacitando-a para saber que estivera conversando com o Senhor Jesus Cristo. Permitiu ela que os raios da luz divina lhe refulgissem no coração. Esquecida da bilha de água, partiu apressadamente para comunicar aos seus irmãos samaritanos as boas novas. "Vinde", disse, "vede um Homem que me disse tudo quanto tenho feito." João 4:29. E eles partiram imediatamente para vê-Lo. Foi então que comparou a um campo de trigo a alma desses samaritanos. "Levantai os vossos olhos", disse Ele aos discípulos, "e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." João 4:35. TS3 152 4 "Indo pois ter com Ele os samaritanos, rogaram-Lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias." E que dias atarefados foram aqueles! Qual é o relato do resultado? "E muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo." João 4:40-42. TS3 152 5 Ao abrir a mente dos samaritanos para a palavra da vida, Cristo semeou muitas sementes da verdade e mostrou ao povo como também eles poderiam semear na mente de outros a verdade. Quanto de bem poderia ser feito se todos quantos conhecem a verdade trabalhassem em favor dos pecadores -- pelos que tanto precisam conhecer e compreender a verdade bíblica, e que a aceitariam com a mesma presteza com que os samaritanos atenderam às palavras de Cristo! Como é diminuta a nossa afinidade com Deus no ponto que deveria ser o mais forte traço de união entre nós e Ele -- a compaixão pelas almas depravadas, culpadas, sofredoras, mortas em ofensas e pecados! Se os homens participassem das simpatias de Cristo, condoer-se-iam eles constantemente das condições de muitas terras necessitadas, imensamente desprovidas de obreiros. As grandes cidades TS3 153 1 A obra em campos estrangeiros deverá ser levada avante com fervor e entendimento. E na própria pátria ela não deverá ser negligenciada. Não sejam os campos que jazem junto às nossas portas, tais como as grandes cidades do nosso país, descuidados e negligenciados. Esses campos são tão importantes quanto qualquer setor estrangeiro. TS3 153 2 A animadora mensagem divina de misericórdia deverá ser proclamada nas cidades da América [do Norte]. Os homens e mulheres que vivem nessas cidades estão rapidamente ficando mais e mais enredados em suas relações comerciais. Procedem nesciamente na construção de edifícios que se erguem a grandes alturas. Têm a mente saturada de planos e projetos ambiciosos. Deus está ordenando a cada um de Seus servidores: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Isaías 58:1. TS3 153 3 Agradeçamos a Deus por haver uns poucos obreiros que fazem tudo quanto lhes é possível para erguer alguns memoriais de Deus em nossas cidades negligenciadas. Lembremos que temos o dever de animar esses obreiros. Deus Se desagrada com a falta de apreço e amparo manifestados pelo Seu povo para com os nossos obreiros fiéis que trabalham nas cidades grandes de nossa própria pátria. A obra no campo nacional constitui problema vital agora mesmo. O tempo presente é a oportunidade mais favorável de que disporemos para trabalhar nesses campos. Dentro em breve a situação será muito mais difícil. TS3 154 4 Jesus chorou por Jerusalém, por motivo da culpa e obstinação do Seu povo escolhido. Também chora pela obstinação dos que, professando serem coobreiros Seus, se conformam com não fazer coisa alguma. Estão os que deveriam apreciar o valor das almas, carregando com Cristo o fardo de peso e constante aflição, regado com lágrimas pelas cidades ímpias da Terra? A destruição dessas cidades, quase inteiramente devotadas à idolatria, está iminente. No grande dia do ajuste final, que resposta poderemos dar pela negligência de penetrar nessas cidades agora? TS3 154 1 Ao levarmos avante a obra na América do Norte, oxalá nos ajude o Senhor a dar a outros países a atenção que merecem, de forma que os obreiros desses campos não fiquem limitados, incapacitados de deixar memoriais divinos em muitas partes. Não permitamos que vantagens demasiadas sejam absorvidas neste país. Não continuemos negligenciando o nosso dever para com os milhões que vivem noutras terras. Adquiramos melhor compreensão da situação, e redimamos o passado. Agora é o tempo de trabalhar TS3 154 2 Meus irmãos e irmãs da América do Norte, poderá acontecer que ao alongardes a vista para ver os campos distantes que estão maduros para a ceifa, recebais no próprio coração a abundante graça de Deus. Vós que, por efeito da descrença tendes sido espiritualmente pobres, vos tornareis, por meio do trabalho pessoal, ricos em boas obras. Vossa alma não mais morrerá de fome em meio à abundância, mas vos apropriareis das boas coisas que Deus para vós reservou. Ao começardes a verificar quão destituídos de recursos são os obreiros para levar avante a obra em campos estrangeiros, tudo fareis para ajudar, e começareis a criar alma nova, vosso apetite espiritual ficará saudável, e refrigerada a mente com a Palavra de Deus, que é uma folha da árvore da vida para a saúde das nações. TS3 154 3 Em resposta à pergunta do Senhor: "A quem enviarei?", Isaías respondeu: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. Meu irmão, minha irmã, talvez não possais ir para a vinha do Senhor, vós mesmos, mas sim, fornecer recursos para enviar outros. Estareis, assim, entregando o vosso dinheiro aos banqueiros; e quando vier o Mestre, podereis devolver-Lhe o que Lhe pertence, com juros. Vossos recursos podem ser usados para enviar e sustentar os mensageiros do Senhor que, de viva voz e por sua influência pregarão a mensagem: "Preparai o caminho do Senhor, endireitei as Suas veredas." Mateus 3:3. Estão sendo feitos planos para o avançamento da causa, e agora é o vosso tempo de trabalhar. TS3 154 4 Se trabalhardes com abnegação, fazendo o que puderdes para promover o avançamento da causa em campos novos, o Senhor vos ajudará, fortalecerá e abençoará. Confiai na garantia da Sua presença, que vos sustém, e que é luz e vida. Tudo fazei pelo amor de Jesus e das preciosas almas por quem Ele morreu. Trabalhai com o propósito puro e divinamente inspirado de glorificar a Deus. O Senhor vos vê e compreende, e se oferecerdes o vosso talento como dom consagrado para o Seu serviço, vos usará, a despeito da vossa fraqueza; porque no serviço ativo e desinteressado, os fracos fortalecer-se-ão e desfrutarão o Seu precioso louvor. A exaltação do Senhor é um elemento de confiança. Se fordes fiéis, a paz que excede todo o entendimento será a vossa recompensa nesta vida e, na futura, participareis da alegria do vosso Senhor. TS3 155 1 Não temos tempo para preocupar-nos com assuntos destituídos de importância. Nosso tempo deve ser empregado na proclamação da última mensagem de misericórdia para um mundo culpado. São necessários homens que avancem sob a inspiração do Espírito de Deus. Os sermões pregados por alguns dos nossos pastores terão que ser muito mais vigorosos do que o são agora, senão muitos relapsos na fé serão portadores de uma mensagem insípida, sem substância, que provoca o sono. Cada discurso deve ser feito tendo em vista os terríveis juízos que logo cairão sobre o mundo. A mensagem da verdade deve ser proclamada por lábios tocados pela brasa viva do altar divino. TS3 155 2 Enche-se-me de angústia o coração ao pensar eu nas mensagens desinteressantes pregadas por alguns pastores nossos, quando têm para pregar uma mensagem de vida e morte. Os pastores estão dormentes; estão-no também os membros da igreja; e um mundo perece em pecado. Queira Deus ajudar o Seu povo a despertar, e andar, e trabalhar como homens e mulheres que estão nas fronteiras de um mundo eterno. Logo uma surpresa terrível sobrevirá aos habitantes do mundo. Imprevistamente, com poder e grande glória, Cristo virá. Não haverá, então, tempo de preparo para encontrá-Lo. Agora é o tempo de proclamarmos a mensagem de advertência. TS3 155 3 Nossa senha é: Avante, sempre avante. Adiante de nós irão os anjos de Deus para preparar o caminho. A nossa responsabilidade pelas "terras de além" nunca poderá cessar sem que a Terra inteira seja iluminada com a glória do Senhor. -- Testimonies for the Church 6:29 (1900). ------------------------Capítulo 38 -- A obra na Europa TS3 156 1 Aos meus irmãos da Europa: Tenho alguma coisa para dizer-vos. Chegou o tempo de serem feitas grandes coisas na Europa: Uma obra importante, semelhante à feita na América [do Norte], pode sê-lo também na Europa. Fundai clínicas e restaurantes que sigam os princípios de saúde. Por meio de publicações, fazei resplandecer a luz da verdade presente. Prossiga a tradução dos nossos livros. Foi-me mostrado que em países da Europa, serão acesas luzes em muitos lugares. TS3 156 2 Existem muitos lugares em que a obra do Senhor não está representada como deveria sê-lo. É necessário auxílio na Itália, França, Escócia e em muitos outros países. Um trabalho de maior vulto deve ser feito nesses lugares. Precisam-se obreiros. Há talentos entre o povo de Deus na Europa, e o Senhor quer que sejam empregados para estabelecer em toda a Grã-Bretanha e no continente, centros de onde resplandeça a luz da Sua verdade. TS3 156 3 Há um trabalho para ser feito na Escandinávia. Deus está tão disposto a atuar por meio dos crentes escandinavos quanto pelos norte-americanos. TS3 156 4 Irmãos, apegai-vos ao Senhor Deus dos exércitos. Seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso pavor. Chegou o tempo de Sua obra ser ampliada. Tempos trabalhosos estão perante nós, mas se nos mantivermos unidos por meio de laços cristãos, sem que ninguém lute pela supremacia, Deus agirá poderosamente em nosso favor. TS3 156 5 Sejamos esperançosos e corajosos. O desânimo no serviço do Senhor é pecaminoso e desarrazoado. Ele conhece cada uma das nossas necessidades. Tem todo o poder. Pode conceder aos Seus servos a medida da eficiência que a sua necessidade requer. Seu amor e compaixão infinitos não se cansam jamais. À majestade e onipotência alia Ele a bondade e a compaixão de terno pastor. Não precisamos nutrir o temor de que não cumprirá Suas promessas. Ele é a verdade eterna. Jamais modificará o concerto feito com aqueles que O amam. As promessas que fez à igreja são inquebrantáveis. Dela fará um ornamento eterno, um motivo de júbilo para muitas gerações. TS3 156 6 Estudai o capítulo quarenta e um de Isaías e buscai compreender todo o seu significado. Deus declara: "Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales; tomarei o deserto em tanques de águas, e a terra seca em mananciais. Plantarei no deserto o cedro, a árvore de sita, e a murta, e a oliveira; conjuntamente porei no ermo a faia, o olmeiro e o álamo; para que todos vejam, e saibam, e considerem, e juntamente entendam que a mão do Senhor fez isto, e o Santo de Israel o criou." Isaías 41:18-20. TS3 156 7 Quem escolheu a Cristo aliou-se a um poder que nenhuma combinação de sabedoria nem força humana alguma pode vencer. "Não temas, porque Eu sou contigo"; declara Ele. "Não te assombres, porque Eu sou teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça." "Eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita, e te digo: Não temas, que Eu te ajudo." Isaías 41:10, 13. TS3 157 1 "A quem pois Me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o Seu Exército, quem a todas chama pelos seus nomes; por causa da grandeza das Suas forças, e pela fortaleza do Seu poder, nenhuma faltará. Por que pois, dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu juízo passa de largo pelo meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da Terra, nem Se cansa nem Se fadiga? Não há esquadrinhação do Seu entendimento. Dá esforço ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos certamente cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão." Isaías 40:25-31. TS3 157 2 A luz da verdade deve resplandecer até aos confins da Terra. Luz contínua e cada vez mais intensa irradia com celestial brilho da face do Redentor sobre os Seus representantes para ser difundida através das trevas de um mundo entenebrecido. Como coobreiros Seus, supliquemos a santificação do Seu Espírito, para que possamos resplandecer com brilho cada vez mais intenso. TS3 157 3 A luz da verdade para este tempo brilha agora nas cortes reais. A atenção dos estadistas está sendo atraída para a Bíblia -- o código das nações -- e com ele comparam as suas leis nacionais. Como representantes de Cristo, não temos tempo para perder. Nossos esforços não devem ser restritos a uns poucos lugares onde a luz se tornou tão abundante que chega a não ser apreciada. A mensagem evangélica deve ser proclamada a todas as nações, e tribos, e línguas, e povos. ------------------------Capítulo 39 -- Uma visão do conflito TS3 158 1 Vi em visão dois exércitos em luta terrível. Um deles ostentava em suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro a bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel. Estandarte após estandarte era arrastado no chão, à medida que grupo após grupo do exército do Senhor se juntava ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do adversário se unia ao povo de Deus que guarda os mandamentos. Um anjo que voava pelo meio do céu pôs-me nas mãos o estandarte de Emanuel, enquanto um forte general comandava em alta voz: "Perfilai-vos! Tomai posição vós, que sois leais aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Cristo. Saí do meio deles e apartai-vos, e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas. Vinde todos quantos dentre vós quiserem acudir em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os valentes." TS3 158 2 O combate prosseguia. A vitória ia alternadamente de um para outro lado. Às vezes os soldados da cruz cediam terreno, "como quando desmaia o porta-bandeira". Isaías 10:18. Mas a sua retirada aparente não o era senão para conquistar posição mais vantajosa. Ouviram-se aclamações de alegria. Ressoou um cântico de louvor a Deus, e a ele se uniram as vozes angélicas, quando os soldados de Cristo hastearam Sua bandeira sobre os muros da fortaleza, até então em poder do inimigo. O Príncipe da nossa salvação estava dirigindo a batalha, e enviando reforços para Seus soldados. Grandemente se manifestava o Seu poder, encorajando-os a levar o combate até às portas. Ele lhes ensinou coisas terríveis em justiça, enquanto passo a passo os guiava, vencendo e para vencer. TS3 158 3 Finalmente, ganhou-se a vitória. Triunfou gloriosamente o exército que seguia a bandeira que ostentava a inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Os soldados de Cristo estavam junto às portas da cidade que, com alegria, recebeu o seu Rei. Foi estabelecido o reino de paz, alegria e eterna justiça. A igreja triunfante TS3 158 4 A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia em que a batalha terá sido ferida, e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é no Céu. Então as nações não possuirão outra lei senão a do Céu. Juntas, constituirão uma família feliz, unida, trajada com as vestes de louvor e ações de graça -- veste da justiça de Cristo. A natureza toda, em sua inexcedível beleza, oferecerá a Deus um constante tributo de louvor e adoração. O mundo será inundado da luz do Céu. Os anos transcorrerão em alegria. A luz da Lua será como a do Sol, e a deste sete vezes mais brilhante do que hoje é. Ante esse cenário as estrelas d'alva cantarão juntamente, e os filhos de Deus exultarão de alegria, ao Se unirem Deus e Cristo para proclamar: "Não mais haverá pecado, tampouco haverá morte." Em guarda TS3 159 1 Tal é a cena que me é apresentada. A igreja, porém, deve combater e combaterá os inimigos visíveis e invisíveis. Estão a postos forças satânicas sob forma humana. Homens se têm confederado para oporem-se aos exércitos do Senhor. Essas confederações continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessor diante do propiciatório e envergue as vestes de vingança. Agentes satânicos encontram-se em todas as cidades, ocupados em organizar em partidos os que se opõem à lei de Deus. Alguns que professam ser santos e outros declaradamente incrédulos, filiam-se a esses partidos. Não é hora de o povo de Deus fraquejar. Não podemos deixar de ficar em guarda um momento sequer. ------------------------Capítulo 40 -- Uma advertência desatendida TS3 159 2 "Eis que hoje Eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando; porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus." Deuteronômio 11:26-28. TS3 159 3 "E será que, se diligentemente obedecerdes a Meus mandamentos que hoje te ordeno, de amar ao Senhor teu Deus, e de O servir de todo o teu coração e de toda a tua alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu grão, e o teu mosto e o teu azeite. E darei erva no teu campo aos teus gados, e comerás, e fartar-te-ás. Guardai-vos, que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles; e a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche Ele os céus, e não haja água, e a terra não dê a sua novidade, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá." Deuteronômio 11:13-17. TS3 160 1 "Ponde pois estas Minhas palavras no vosso coração e na vossa alma e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te; e escreve-as nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas: para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos Céus sobre a Terra." Deuteronômio 11:18-21. TS3 160 2 Se os adventistas do sétimo dia houvessem andado no caminho do Senhor, recusando-se a permitir que interesses egoístas os dominassem, o Senhor os teria grandemente abençoado. Os que ficaram em Battle Creek(2) contra a vontade do Senhor, perderam a valiosa experiência e o conhecimento espiritual que poderiam haver alcançado pela obediência. Muitos deles perderam o favor de Deus. O coração da obra ficou congestionado. Por muito tempo foi feita advertência, mas não foi atendida. A razão desta desobediência está em que o coração e a mente de muitos de Battle Creek não estão sob a influência do Espírito Santo. Não reconhecem quanto trabalho há por fazer. Estão adormecidos. Ir para a seara TS3 160 3 Quando adventistas do sétimo dia se mudam para cidades em que já há uma grande igreja de crentes, acham-se ali fora do seu lugar, e tornam-se espiritualmente cada vez mais fracos. Seus filhos estão expostos a muitas tentações. Meu irmão, minha irmã, a menos que sejais absolutamente necessários para o avançamento da obra nesse lugar, seria prudente irdes para algum lugar onde a verdade não foi ainda proclamada, e ali procurareis dar prova de vossa habilidade no trabalho para o Mestre. Fazei esforços fervorosos para despertar interesse na verdade presente. O trabalho de casa em casa é eficaz, quando feito de modo cristão. Realizai reuniões, e tende cuidado em torná-las interessantes. Lembrai-vos de que isso requer mais do que meramente pregar. TS3 160 4 Muitos moram há muito num lugar, passam o tempo a criticar os que estão trabalhando segundo o plano de Cristo para convencer e converter pecadores. Criticam os motivos e intenções dos outros, como se não fosse possível que outro qualquer fizesse o trabalho abnegado que eles mesmos recusam fazer. São pedras de tropeço. Se fossem para lugares onde não há crentes, e ali trabalhassem para ganhar almas para Cristo, bem depressa estariam tão ocupados com proclamar a verdade e ajudar os sofredores, que não teriam tempo para dissecar o caráter dos outros, nem suspeitar mal e em seguida publicar os resultados de sua suposta perspicácia em ver as coisas sob a superfície. TS3 161 1 Que esses que moraram muito tempo em lugares onde há grandes igrejas de crentes, saiam ao campo da seara para semear e colher para o Senhor. No desejo de salvar almas, esquecer-se-ão de si próprios. Verão tanto trabalho por fazer, tantos semelhantes por serem ajudados, que não terão tempo para procurar defeitos nos demais. Não terão tempo para trabalhar no lado negativo. TS3 161 2 Reunir tantos crentes num lugar, tende a estimular suspeitas e maledicências. Muitos se absorvem em olhar e escutar o mal. Esquecem-se de quão grande pecado estão cometendo. Esquecem-se que as palavras que proferem não podem jamais contradizer-se, e que por suas suspeitas estão a lançar sementes que germinarão e trarão uma colheita de males. Quão grande será essa colheita ninguém poderá saber antes do último grande dia, em que todo pensamento, toda palavra e ato serão trazidos a juízo. TS3 161 3 As palavras irrefletidas e indelicadas pronunciadas aumentam com cada repetição. Um e outro acrescenta uma palavra, até que o boato assume grandes proporções. Faz-se grande injustiça. Por suas injustas suspeitas e injustos juízos, os mexeriqueiros prejudicam sua própria experiência e lançam na igreja a semente da discórdia. Se pudessem ver as coisas como Deus as vê, mudariam de atitude. Reconheceriam como, enquanto procuravam defeitos em seus irmãos e irmãs, negligenciaram a obra que Ele lhes deu para fazer. TS3 161 4 O tempo gasto em criticar os motivos e atos dos servos de Cristo melhor poderia ser empregado em oração. TS3 161 5 Muitas vezes, se os que buscam defeitos nos outros conhecessem a verdade acerca desses a quem criticam, teriam opinião inteiramente diversa. Quanto melhor não seria que, em vez de criticar e condenar os outros, cada um dissesse: "Eu preciso operar a minha própria salvação. Se eu cooperar com Aquele que deseja salvar a minha alma, terei que vigiar diligentemente a mim mesmo. Terei que excluir de minha vida todo mal. Tenho que tornar-me uma nova criatura em Cristo. Tenho que vencer todo defeito. Então, em vez de enfraquecer os que estão a lutar contra o mal, posso fortalecê-los com palavras animadoras." "Não julgueis" TS3 161 6 Que esses que se têm servido do dom da palavra para desencorajar e desanimar os servos de Deus -- que estão a esforçar-se para adiantar a causa divina, planejando e trabalhando para dominar os empecilhos peçam a Deus perdão pelo dano que têm causado à Sua obra pelos seus ímpios preconceitos e palavras descorteses. Pensem no mal que têm causado, espalhando boatos, julgando aqueles a quem não têm o direito de julgar. TS3 162 1 Na Palavra de Deus nos são dadas instruções claras quanto ao procedimento que devemos adotar ao verificarmos que um irmão está no mal. Diz Cristo: "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano." Mateus 18:15-17. Diz mais o Salvador: "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta." Mateus 5:23, 24. TS3 162 2 "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente, segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo; aquele a cujos olhos o réprobo é desprezado, mas honra os que temem ao Senhor; aquele que, mesmo que jure com dano seu, não muda; aquele que não empresta o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado." Salmos 15. TS3 162 3 "Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." Mateus 7:1-5. TS3 162 4 Muita coisa se acha envolvida na questão de julgar. Lembrai-vos de que logo passará em revista diante de Deus, o registro de vossa vida. Lembrai-vos, também, de que Ele disse: "És inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?" Romanos 2:1-3. Obreiros fervorosos não têm tempo para demorar-se nos defeitos alheios. Contemplam o Salvador, e contemplando-O transformam-se em Sua semelhança. Ele é Aquele cujo exemplo devemos seguir na formação do nosso caráter. Em Sua vida na Terra Ele revelou claramente a natureza divina. TS3 163 1 Devemos esforçar-nos por ser perfeitos em nossa esfera, assim como Ele o foi na Sua. Os membros da igreja não devem por mais tempo permanecer despreocupados no tocante à formação de caráter reto. Colocando-se sob a influência modelante do Espírito Santo, devem formar caráter que seja um reflexo do divino. ------------------------Capítulo 41 -- O selo de Deus e o sinal da besta TS3 163 2 São-nos mostradas na Palavra de Deus as conseqüências da proclamação da terceira mensagem angélica. "O dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." Apocalipse 12:17. A recusa de obedecer aos mandamentos de Deus, e a determinação de alimentar o ódio aos que proclamam esses mandamentos, conduz à mais decidida guerra da parte do dragão, cujas energias totais são postas contra o povo que observa os mandamentos de Deus. "Faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome." Apocalipse 13:16, 17. TS3 163 3 O sinal, ou selo, de Deus é revelado na observância do sábado do sétimo dia -- o memorial divino da criação. "Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Tu pois fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." Êxodo 31:12, 13. O sábado é aí claramente apresentado como um sinal entre Deus e Seu povo. TS3 164 1 A marca da besta é o oposto disso -- a observância do primeiro dia da semana. Essa marca distingue dos que reconhecem a supremacia da autoridade papal, os que aceitam a autoridade de Deus. ------------------------Capítulo 42 -- Aquele que leva sobre si as nossas cargas TS3 164 2 Meu irmão, lembra-te de que esta Terra não é o Céu. Cristo declarou: "Tenho-vos dito isto, para que em Mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo." João 16:33. "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo, disserem todo o mal contra vós por Minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos Céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós." Mateus 5:10-12. TS3 164 3 Jesus não vos deixou para vos espantardes ante as provações e dificuldades que enfrentais. A respeito delas Ele tudo vos falou, e também vos disse que vos não acabrunhásseis nem abatêsseis quando sobreviessem as provações. Olhai para Jesus, vosso Redentor, e alegrai-vos e regozijai-vos. As provações mais difíceis de suportar são as provenientes dos nossos irmãos, dos nossos próprios amigos íntimos; mas até essas provas podem ser suportadas com paciência. Jesus não jaz no sepulcro novo de José. Ele ressuscitou e ascendeu ao Céu, para ali interceder em nosso favor. Temos um Salvador que nos amou de tal maneira que morreu por nós, para que por Ele possamos ter esperança, e fortaleza, e ânimo, bem como um lugar com Ele no Seu trono. Pode e está desejoso de ajudar-vos sempre que a Ele recorrerdes. TS3 164 4 Se tentardes carregar sozinhos as vossas cargas, ficareis esmagados sob o seu peso. Tendes responsabilidades pesadas. Jesus tem delas conhecimento e, se O não abandonardes, Ele vos não deixará sós. Ele é honrado quando Lhe confiais, como fiel Criador, a guarda de vossa alma. Ele vos convida a terdes esperança em Sua misericórdia, crendo que Ele não deseja que arqueis com essas pesadas responsabilidades em vossa própria força. Tão-somente crede, e vereis a salvação operada por Deus. TS3 165 1 Aquilatais a vossa insuficiência para o cargo de confiança que ocupais? Agradecei por isso a Deus. Quanto mais sentirdes a vossa fraqueza, tanto mais estareis inclinados a buscar um auxiliador. "Chegai-vos a Deus, e Ele Se chegará a vós." Tiago 4:8. Jesus quer que sejais felizes, prazenteiros. Quer que façais o melhor que vos seja possível com a aptidão com que vos dotou e, então confieis em que o Senhor vos ajudará e inspirará os que hão de vir a ser vossos auxiliadores para convosco partilhar as responsabilidades. TS3 165 2 Não seja que vos fira o linguajar descortês dos homens. Não proferiram os homens descortesias acerca de Jesus? Errais, e podeis por vezes dar motivo a observações descorteses, mas Jesus nunca o fez. Ele foi puro, imaculado, impoluto. Não espereis, nesta vida, melhor porção do que a que teve o Príncipe da glória. Ao perceberem os vossos inimigos que vos poderão ferir, jubilarão, e Satanás regozijar-se-á. Olhai para Jesus, e trabalhai com fidelidade para a Sua glória. Amai a Deus de todo o vosso coração. ------------------------Capítulo 43 -- O estudo da palavra de Deus TS3 165 3 Se os estudantes de Medicina estudarem diligentemente a Palavra de Deus, estarão melhor capacitados para a compreensão de seus outros estudos; pois do estudo fervoroso da Palavra de Deus sempre advém esclarecimento. Compreendam os nossos obreiros médico-missionários que quanto mais se familiarizarem com Deus e com Cristo, e quanto mais se familiarizarem com a história bíblica, mais bem preparados estarão para fazer o seu trabalho. TS3 165 4 Devem os estudantes de nossas escolas aspirar ao mais elevado saber. Nenhuma outra coisa, mais do que o estudo das Escrituras, os ajudará a adquirir boa memória. Nada os ajudará tanto na compreensão dos outros estudos. TS3 166 1 Se os descrentes quiserem matricular-se em vossos cursos de médicos-missionários, e achardes que não exercerão influência que afastará da verdade os outros estudantes, concedei-lhes uma oportunidade. Dentre eles poderão surgir alguns de vossos melhores missionários. Eles nunca ouviram a verdade e, ao serem postos onde ficam circundados de uma influência que revela o espírito do Mestre, alguns serão ganhos para a verdade. Nos estudos ministrados não deve haver omissão de um único princípio da verdade bíblica. Se a admissão em vossas classes dos que são alheios à nossa fé levar a silenciarem-se os grandes temas que interessam ao nosso bem presente e eterno -- temas que devem sempre ser mantidos em mente -- não sejam eles admitidos. Em caso algum deverão os princípios ser sacrificados ou encobertas as características peculiares à nossa fé, com o propósito de admitir em nossos cursos estudantes externos. Como compreender a Bíblia TS3 166 2 À frente de nossas classes bíblicas deverão ser postos professores fiéis, que se esforçarão por fazer os estudantes compreenderem as lições, não lhes explicando tudo, mas pedindo que expliquem com clareza cada texto que lêem. Lembrem esses professores que pouco proveito será alcançado com apenas roçar de leve a superfície da Palavra. Pesquisa atenta e estudo aplicado e esforçado são necessários para que essa Palavra seja compreendida. Há na Palavra verdades que, qual veios de ouro precioso, estão ocultos sob a superfície. O tesouro escondido é descoberto ao ser buscado, assim como o mineiro busca o ouro e a prata. A prova da verdade da Palavra de Deus é encontrada nela própria. As Escrituras são a chave que abre as Escrituras. O significado profundo das verdades da Palavra de Deus é-nos desvendado à mente por Seu Espírito. TS3 166 3 A Bíblia é o grande compêndio para os alunos das nossas escolas. Ela ensina a inteira vontade de Deus para com os filhos e filhas de Adão. É a regra de vida, ensina-nos o caráter que precisamos formar para a vida futura. Não carecemos da pálida luz da verdade para tornar compreensíveis as Escrituras. Semelhantemente poderíamos supor que o Sol do meio-dia necessitasse da singela contribuição da Terra para aumentar-lhe o brilho. As pregações de sacerdotes e ministros não são necessárias para salvar do erro os homens. Os que consultam a Escritura terão percepção. Na Bíblia, todo dever é esclarecido. Toda lição dada é compreensível. Cada lição nos revela o Pai e o Filho. A Palavra é capaz de fazer-nos sábios para a salvação. Na Palavra, a ciência da salvação é claramente revelada. Pesquisai as Escrituras; pois elas são a voz de Deus falando à alma. ------------------------Capítulo 44 -- O valor da palavra de Deus TS3 167 1 Quando se insinuam erros em nossas fileiras, não devemos sobre eles estabelecer discussão. Devemos, com fidelidade apresentar a mensagem de reprovação, e desviar, depois, a mente do povo das idéias fantasiosas, errôneas, apresentando-lhes a verdade em contraste com o erro. A apresentação de temas celestiais desvendará para a mente princípios que assentam sobre um alicerce tão duradouro quanto a eternidade. TS3 167 2 Os crentes cujas convicções cristãs são coerentes e firmes, cujo caráter possui valor real, são de grande proveito para o Mestre. Nada pode demovê-los da fé. A verdade lhes é um tesouro precioso. TS3 167 3 A verdade divina é encontrada em Sua palavra. Os que pensam deverem buscar noutra parte a verdade presente precisam converter-se de novo. Têm hábitos errôneos para emendar, caminhos maus que abandonar. Precisam, uma vez mais, buscar a verdade tal como é em Jesus, para que a sua formação de caráter esteja em harmonia com as lições de Cristo. Ao abandonarem as suas idéias humanas e assumirem as obrigações de determinação divina, contemplando a Cristo e amoldando-se à Sua semelhança, dizem: "Mais perto, meu Deus, de Ti; mais perto de Ti." TS3 167 4 Com a Palavra de Deus em mãos, podemos aproximar-nos, passo a passo, de Jesus, com amor consagrado. Ao tornar-se o Espírito de Deus mais bem conhecido, a Bíblia será aceita como a única base de fé. O povo de Deus receberá a Palavra como sendo as folhas da árvore da vida, mais preciosa do que ouro fino purificado no fogo, e mais poderosa para santificar do que outro meio qualquer. A recompensa do estudo fiel TS3 167 5 Cristo e a Sua Palavra estão em harmonia perfeita. Quando recebidos e obedecidos, abrem um caminho seguro para os pés de todos quantos se dispõem a andar na luz, como Cristo na luz está. Se o povo de Deus apreciasse a Sua Palavra, teríamos um Céu na igreja, aqui na Terra. Os cristãos estariam ávidos, famintos de pesquisar a Palavra. Impacientes esperariam o momento de comparar textos com textos, e de meditar sobre a Palavra. Estariam mais ávidos da iluminação da Palavra, do que do jornal matutino, revistas ou novelas. Seu maior desejo seria comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Em resultado, sua vida se amoldaria aos princípios e promessas da Palavra. Suas instruções ser-lhes-iam como as folhas da árvore da vida. Seria neles uma fonte de água que saltaria para a vida eterna. Chuvas frescas de bênçãos lhes refrigerariam e revigorariam a alma, levando-os a esquecer todo trabalho e canseira. Seriam fortalecidos e animados pelas palavras da inspiração. TS3 168 1 Os pastores seriam inspirados com divina fé. Suas orações caracterizar-se-iam pelo fervor, e estariam cheias da divina certeza da verdade. À luz do Céu, o cansaço seria esquecido. A verdade estar-lhes-ia entrelaçada na vida, e seus princípios celestiais seriam como água corrente, fresca, satisfazendo constantemente a alma. TS3 168 2 A filosofia do Senhor é a regra de vida do cristão. O ser todo está impregnado dos vivificantes princípios celestiais. As complexas insignificâncias que consomem o tempo de tantas pessoas, reduzem-se à sua devida proporção perante uma saudável e santificante religiosidade bíblica. TS3 168 3 A Bíblia e somente a Bíblia, pode produzir esse bom resultado. Ela é a sabedoria de Deus, e o poder de Deus, e atua com toda a pujança no coração receptivo. Oh! que alturas poderíamos atingir se conformássemos a nossa vontade com a vontade de Deus! É do poder de Deus que carecemos, onde quer que estejamos. A frivolidade que embaraça a igreja a torna fraca e indiferente. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão buscando e desejando encontrar veículos, pelos quais possam comunicar ao mundo os divinos princípios da verdade. TS3 168 4 Podem aparecer luzes artificiais, pretendendo vir do Céu, mas não poderão brilhar como a estrela da santidade, a estrela de brilho celeste, para guiar à cidade de Deus os pés do peregrino e forasteiro. Luzes falsas tomarão o lugar da verdadeira, e muitas almas serão por algum tempo enganadas. Não permita Deus que assim aconteça conosco. A luz verdadeira brilha agora, e iluminará as almas que tiverem abertas as janelas que dão para o Céu. ------------------------Capítulo 45 -- Liderança TS3 169 1 Nos jornais diários de várias cidades apareceram artigos que descrevem uma luta existente entre o Dr. Kellogg(3) e a Sra. Ellen G. White quanto a qual deles será o líder dos Adventistas do Sétimo Dia. Ao ler eu esses artigos, senti-me extremamente angustiada por haver alguém mal-interpretado a minha obra e a do Dr. Kellogg, a ponto de publicar tais deturpações. Não houve discussão entre o Dr. Kellogg e eu no tocante à questão de liderança. Ninguém jamais me ouviu pretender a categoria de líder da denominação. TS3 169 2 Eu tenho uma obra de grande responsabilidade para fazer -- comunicar pela pena e de viva voz as instruções a mim concedidas, não somente para os Adventistas do Sétimo Dia, mas para o mundo. Publiquei muitos livros, grandes e pequenos, e alguns deles foram traduzidos para várias línguas. Esta é a minha obra -- revelar para outras pessoas as Escrituras, assim como Deus a mim mas revelou. TS3 169 3 Deus não estabeleceu, entre os Adventistas do Sétimo Dia, nenhuma autoridade suprema para dirigir toda a corporação, ou qualquer seção da obra. Ele não estipulou que a responsabilidade da direção recaísse sobre uns poucos homens. As responsabilidades são divididas entre grande número de homens competentes. TS3 169 4 Cada membro da igreja tem participação na escolha dos oficiais da igreja. Esta escolhe os oficiais das Conferências estaduais. [Conhecidas hoje por Associações.] Os delegados escolhidos pelas Associações estaduais escolhem os oficiais das Uniões; e os delegados escolhidos por estas, escolhem os oficiais da Associação Geral. Por meio desse sistema, cada Associação, instituição, igreja e pessoa, quer diretamente quer por meio de representantes, participa da eleição dos homens que assumem as responsabilidades principais na Associação Geral. Experiências iniciais TS3 169 5 Nos primeiros dias da nossa atividade denominacional, o Senhor indicou o Pastor Tiago White para, juntamente com sua esposa, e sob a guia especial do Senhor, ter atuação destacada na propagação desta obra. TS3 169 6 Bem conhecida é a história de como a obra cresceu. A oficina de impressão foi primeiramente estabelecida em Rochester, N. Y., e mudada depois para Battle Creek, Michigan. Anos mais tarde, foi fundada uma editora na costa do Pacífico. TS3 170 1 Agradeço ao Senhor por ter-nos concedido o privilégio de haver participado da obra desde o começo. Mas nem naquela ocasião nem depois que a obra alcançou grandes proporções, em cujo tempo as responsabilidades foram largamente distribuídas, ninguém me ouviu reivindicar a liderança deste povo. TS3 170 2 Desde o ano de 1844 até o presente, tenho recebido mensagens do Senhor, transmitindo-as ao Seu povo. O meu trabalho é este -- dar ao povo a luz que o Senhor me concedeu. Estou incumbida de receber essas mensagens e divulgá-las. Não devo aparecer perante o povo como detentora de qualquer outro cargo além do de mensageira portadora de uma mensagem. TS3 170 3 Por muitos anos ocupou o Dr. J. H. Kellogg a função de médico-chefe da obra médica mantida pelos Adventistas do Sétimo Dia. Ter-lhe-ia sido impossível atuar como líder de toda a obra. Nunca foi essa a sua parte, e nunca poderá sê-lo. Deus é o nosso líder TS3 170 4 Escrevo isto para que todos saibam que não existe luta entre os Adventistas do Sétimo Dia no que concerne à direção. O Senhor Deus do Céu é o nosso Rei. Ele é o líder a quem podemos seguir com segurança; pois nunca cometeu engano algum. Honremos a Deus, e a Seu Filho, por cujo intermédio Ele Se comunica com o mundo. TS3 170 5 Deus agiria poderosamente em prol do Seu povo hoje, se se submetessem inteiramente à Sua guia. Precisam eles da presença constante do Espírito Santo. Caso houvesse mais orações nos concílios dos que arcam com as responsabilidades, mais humilhação do coração a Deus, veríamos demonstrações evidentes da liderança divina, e nossa obra efetuaria progressos rápidos. ------------------------Capítulo 46 -- Unidade com Cristo em Deus TS3 170 6 O Senhor chama homens de fé genuína e entendimento são, homens que reconheçam a distinção existente entre o verdadeiro e o falso. Cada qual deve estar de sobreaviso, estudando e pondo em prática as lições ministradas no capítulo dezessete de João, e mantendo fé viva na verdade para este tempo. Precisamos desse domínio próprio que nos habilite a pôr os hábitos em harmonia com a oração de Cristo. TS3 171 1 Segundo as instruções que me foram dadas por um Ser que tem autoridade, devemos aprender a atender à oração registrada no capítulo dezessete de João. Devemos fazer dessa oração o nosso estudo principal. Todo ministro do evangelho, todo médico-missionário, deve aprender a ciência dessa oração. Meus irmãos e irmãs, peço-vos que leveis a sério estas palavras, e façais vosso estudo com espírito calmo, humilde e contrito, e as energias salutares da mente que se acha sob a direção de Deus. Os que deixam de aprender as lições contidas nessa oração estão em perigo de ter desenvolvimento unilateral, que nunca nenhum preparo futuro há de plenamente corrigir. TS3 171 2 "Não rogo somente por estes", disse Cristo, "mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. TS3 171 3 "E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos um. Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim. TS3 171 4 "Pai, aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste; porque Tu Me hás amado antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não Te conheceu, mas Eu Te conheci, e estes conheceram que Tu Me enviaste a Mim. E Eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja." João 17:20-26. TS3 171 5 É propósito de Deus que Seus filhos se identifiquem em unidade. Não esperam viver juntos no mesmo Céu? Está Cristo dividido contra Si mesmo? Dará Ele êxito ao Seu povo antes de removerem eles o lixo da suspeita e da discórdia, antes que os obreiros, em unidade de propósitos, dediquem coração e mente à obra que é tão santa aos olhos de Deus? A união faz a força; a desunião enfraquece. Unidos uns aos outros, trabalhando juntos, em harmonia, pela salvação dos homens, seremos na verdade "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. Os que se recusam a trabalhar em boa harmonia desonram grandemente a Deus. O inimigo das almas deleita-se em vê-los trabalhando para fins mutuamente contrários. TS3 171 6 Essas pessoas precisam cultivar o amor fraternal e a ternura de coração. Se pudessem correr a cortina que lhes vela o futuro e ver o resultado de sua desunião, por certo seriam levados a arrepender-se. Nossa única segurança TS3 172 1 O mundo está a olhar com satisfação para a desunião entre os cristãos. Os infiéis com isso se alegram. Deus requer uma mudança entre o Seu povo. A união com Cristo e dos crentes entre si é nossa única segurança nestes últimos dias. Não tornemos possível que Satanás aponte para os nossos membros da igreja, dizendo: "Eis como este povo, que se põe sob o estandarte de Cristo, se odeia entre si! Nada temos que temer deles, enquanto gastam mais esforço combatendo-se mutuamente, do que na luta contra as minhas forças." TS3 172 2 Depois da descida do Espírito Santo, os discípulos saíram a proclamar um Salvador ressurgido, sendo seu desejo único a salvação de almas. Regozijavam-se na doce comunhão com os santos. Eram ternos, corteses, abnegados, dispostos a fazer qualquer sacrifício pela causa da verdade. Em sua diária associação mútua, revelavam o amor que Cristo lhes ordenara revelar. Por palavras e atos abnegados, procuravam acender este amor noutros corações. TS3 172 3 Os crentes devem sempre acariciar o amor que enchia o coração dos apóstolos depois da descida do Espírito Santo. Devem avançar em obediência voluntária ao novo mandamento. "Como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis." João 13:34. Tão intimamente devem achar-se ligados a Cristo que serão capacitados para cumprir Suas exigências. O poder de um Salvador capaz de os justificar por Sua justiça, deve ser engrandecido. TS3 172 4 Mas os cristãos primitivos começaram a procurar defeitos uns nos outros. Pensando nos erros alheios, permitindo-se críticas indelicadas, perderam de vista o Salvador e o grande amor por Ele revelado aos pecadores. Tornaram-se mais exigentes no tocante às cerimônias exteriores, mais rigorosos quanto à teoria da fé, mais severos em suas críticas. Em seu zelo por condenar outros, esqueciam-se de seus próprios erros. Esqueciam a lição de amor fraternal que Cristo lhes ensinara e o mais triste de tudo foi que estavam inconscientes de sua perda. Não perceberam que a alegria e a felicidade estavam a deixá-los, e que logo estariam a andar em trevas, havendo excluído do coração o amor de Deus. TS3 172 5 O apóstolo João reconhecia que o amor fraternal estava a declinar na igreja, e deteve-se especialmente sobre este ponto. Até ao dia de sua morte, instou com os crentes para que exercitassem constantemente entre si o amor. Suas cartas às igrejas estão repletas desse pensamento. "Amados, amemo-nos uns aos outros", escreve ele; "porque a caridade é de Deus. ... Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. ... Amados, se Deus assim nos amou, também nos devemos amar uns aos outros." 1 João 4:7-11. TS3 173 1 Na igreja de Deus há hoje grande falta de amor fraternal. TS3 173 2 Muitos dos que professam amar o Salvador deixam de amar os que a eles se acham unidos em comunhão cristã. Somos da mesma fé, membros de uma família, filhos todos do mesmo Pai celestial, tendo a mesma bendita esperança da imortalidade. Quão íntimo e terno não deveria ser o laço que nos une! O povo do mundo observa-nos para ver se nossa fé está exercendo influência santificadora sobre nosso coração. São rápidos para discernir qualquer defeito de nossa vida, qualquer incoerência de nossos atos. Não lhe demos ocasião para vituperar nossa fé. A unidade é a nossa mais forte testemunha TS3 173 3 Não é a oposição do mundo que mais perigo nos faz correr; é o mal acariciado no coração dos professos crentes, que nos inflige o mais grave dano e mais retarda o progresso da causa de Deus. Não há meio mais seguro de enfraquecer nossa espiritualidade do que a inveja e a suspeita mútuas, cheias de censuras e desconfianças. "Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia." Tiago 3:15-17. TS3 173 4 A harmonia e a união que existem entre homens de disposições várias constituem o mais forte testemunho que se possa dar de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para salvar os pecadores. É nosso privilégio dar este testemunho. Mas para isso fazer, precisamos colocar-nos sob a ordem de Cristo. Nosso caráter tem que ser moldado de conformidade com o caráter dEle, nossa vontade tem que ser rendida à Sua. Então trabalharemos juntos sem um pensamento de colisão. TS3 173 5 Pequeninas divergências acariciadas levam a ações que destroem a comunhão cristã. Não permitamos ao inimigo alcançar assim vantagens sobre nós. Continuemos aproximando-nos mais de Deus e uns dos outros. Então seremos como árvores de justiça, plantadas pelo Senhor e regadas pelo rio da vida. E quão frutíferos não seremos! Não disse porventura Cristo: "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto"? João 15:8. TS3 173 6 O coração do Salvador está posto em Seus seguidores que cumprem o propósito de Deus em toda a sua altura e profundidade. Devem eles ser um nEle, embora se achem espalhados por todo o mundo. Mas Deus não os pode fazer um em Cristo, a menos que estejam dispostos a renunciar a sua vontade pela vontade dEle. TS3 174 1 Quando o povo de Deus crer plenamente na oração de Cristo, quando praticarem na vida diária as instruções contidas na mesma, ver-se-á em nossas fileiras unidade de ação. Irmão achar-se-á ligado a irmão, pelos laços áureos do amor de Cristo. O Espírito de Deus, unicamente, é que pode efetuar esta unidade. Aquele que Se santificou a Si mesmo, pode santificar também Seus discípulos. A Ele unidos, achar-se-ão também unidos entre si mesmos, na mais santa fé. Quando buscarmos esta unidade com o empenho que Deus deseja empreguemos, ela nos virá. TS3 174 2 Não é o grande número de instituições, grandes edifícios, e a aparência externa, que Deus requer, mas a ação harmoniosa de um povo peculiar, um povo escolhido por Deus e precioso, unido um ao outro, tendo a vida escondida com Cristo em Deus. Cada homem deve estar em seu lugar, desempenhando a sua tarefa, exercendo influência correta em pensamento, palavras e ações. Quando todos os obreiros assim procederem, e não antes, Sua obra será um todo completo e simétrico. -- Testimonies for the Church 8:183 (1904). ------------------------Capítulo 47 -- Devem os membros da igreja sair a trabalhar TS3 174 3 Existe para os membros da igreja fazerem, um trabalho maior do que eles próprios supõem. Não estão eles atentos às reivindicações divinas. É chegado o tempo em que deve ser ideado todo meio possível de ser utilizado para preparar um povo que subsista no dia de Deus. Devemos estar bem despertos, para evitar que passem sem aproveitamento oportunidades preciosas. Precisamos fazer tudo quanto esteja ao nosso alcance para ganhar almas que amem a Deus e guardem os Seus mandamentos. Jesus requer isso dos que conhecem a verdade. Será descabido esse Seu pedido? Não temos nós para exemplo a vida de Cristo? Não temos nós para com o Salvador uma dívida de amor, de trabalho intenso, abnegado para salvar aqueles por quem Ele deu a vida? TS3 175 1 Muitos dos membros de nossas igrejas grandes relativamente nada fazem. Poderiam eles realizar um bom trabalho se, em vez de se aglomerarem, se dispersassem em lugares ainda não atingidos pela verdade. As árvores plantadas junto demais umas das outras, não se desenvolvem. São elas transplantadas pelo hortelão a fim de terem espaço para crescer, e não ficarem mirradas e débeis. O mesmo procedimento daria bons resultados em nossas igrejas grandes. Muitos membros estão morrendo espiritualmente por falta desse mesmo trabalho. Estão-se tornando fracos e incapazes. Transplantados que fossem, teriam espaço para crescer fortes e vigorosos. O trabalho em comunidades isoladas TS3 175 2 Não é desígnio de Deus que Seu povo forme colônias, ou se agrupe em grandes comunidades. Os discípulos de Cristo são representantes Seus na Terra, e Deus tem por desígnio que se disseminem por todo o país, nas cidades e vilas, como luzes em meio às trevas do mundo. TS3 175 3 Devem ser missionários de Deus, testificando, por sua fé e obras, da proximidade da vinda do Salvador. TS3 175 4 Os membros de nossas igrejas podem realizar um trabalho que, por enquanto, mal iniciaram. Nenhum deles deverá mudar-se para outras localidades simplesmente por interesse de vantagens terrenas; mas aonde houver oportunidade de ganhar a subsistência, vão as famílias que estejam bem firmadas na verdade, uma ou duas numa localidade, para trabalhar como missionários. Deverão sentir amor às almas, a responsabilidade de trabalharem por elas, e estudar a maneira de atraí-las para a verdade. Poderão distribuir nossas publicações, realizar reuniões em suas casas, fazer-se amigos dos vizinhos, e convidá-los para freqüentarem essas reuniões. Dessa maneira, poderão fazer brilhar sua luz por meio de boas obras. TS3 175 5 Firmem-se os obreiros somente em Deus, chorando, orando, trabalhando pela salvação do próximo. Lembrai-vos de que estais correndo uma carreira, lutando por uma coroa imperecível. Ao passo que muitos apreciam o louvor dos homens mais do que o favor de Deus, seja-vos o louvor trabalhar com humildade. Aprendei a exercer fé na apresentação do vosso próximo perante o trono da graça, e na intercessão com Deus para que lhes toque o coração. Desse modo pode ser feito trabalho missionário eficaz. Alguns que não escutariam um pastor ou colportor, podem ser alcançados. E os que assim trabalham em lugares novos, aprenderão os melhores métodos de contato com o povo, e prepararão o caminho para outros obreiros. TS3 176 1 Preciosa experiência pode ser adquirida por quem se empenha nesse trabalho. Sente ele de coração responsabilidade pela salvação do próximo. Precisa de auxílio de Jesus. Que cuidado deverá exercer no andar prudentemente, para que as suas orações não sejam impedidas, para que nenhum pecado acariciado o separe de Deus! Enquanto auxilia outros, um tal obreiro está ele próprio adquirindo fortaleza e entendimento espirituais, e nessa escola humilde poderá capacitar-se para atuar em mais ampla esfera de atividade. A cada homem a sua obra TS3 176 2 Cristo declara: "Nisto é glorificado Meu Pai, que deis muito fruto." João 15:8. Deus nos dotou de faculdades, e confiou-nos talentos para que os usemos para Ele. A cada homem é confiado o seu trabalho -- não apenas trabalho em sua plantação de milho e trigo, mas trabalho zeloso, perseverante para a salvação de almas. Cada pedra no templo divino precisa ser uma pedra viva, pedra que brilhe, refletindo luz para o mundo. Façam os membros da igreja quanto possam; e ao usarem os talentos que já possuem, Deus lhe concederá mais graça e aumentará a capacidade. Muitos dos nossos empreendimentos missionários estão periclitantes porque muitos há que se recusam a entrar pelas portas da utilidade que lhes são abertas. Comecem a trabalhar todos quantos crêem a verdade. Fazei o trabalho que mais próximo de vós está; fazei qualquer coisa, por humilde que seja, de preferência a serdes como os homens de Meroz, que nada fizeram. TS3 176 3 Se tão-somente avançarmos confiantes em Deus, não sofreremos restrição por falta de recursos. Está o Senhor desejoso de fazer uma grande obra em favor de todos quantos verdadeiramente nEle crêem. Se os membros da igreja se dispuserem a fazer a obra que podem fazer, empenhando-se em atividades por conta própria, vendo cada qual quanto pode realizar na conquista de almas para Jesus, veremos muitos abandonarem as fileiras de Satanás para manter-se sob a bandeira de Cristo. Se nosso povo agir em conformidade com a luz que lhes é fornecida nestas poucas instruções, certamente veremos a salvação operada por Deus. Seguir-se-ão reavivamentos prodigiosos. Pecadores serão convertidos, e muitas almas serão acrescentadas à igreja. Ao unirmos o nosso coração ao de Cristo, e pormos a nossa vida em harmonia com a Sua obra, virá sobre nós o Espírito que caiu sobre os discípulos no dia de Pentecoste. ------------------------Capítulo 48 -- Achados em falta? TS3 177 1 Nossa posição no mundo não é a que deveria ser. Estamos longe de onde estaríamos se nossa experiência cristã houvesse estado em harmonia com a luz e as oportunidades que nos foram dadas e se desde o princípio houvéssemos avançado constantemente, para a frente e para cima. Se tivéssemos andado na luz que nos tem sido concedida, se tivéssemos progredido no conhecimento do Senhor, nossa vereda ter-se-ia tornado cada vez mais brilhante. Mas muitos dos que receberam luz especial acham-se tão conformados com o mundo que mal podem ser distinguidos dos mundanos. Não se destacam como povo peculiar de Deus, eleito e precioso. É difícil discernir entre o que serve a Deus e o que O não serve. TS3 177 2 Nas balanças do santuário há de ser pesada a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ela será julgada pelos privilégios e vantagens que tem desfrutado. Se sua experiência espiritual não corresponde às vantagens que, a preço infinito, Cristo lhe concedeu; se as bênçãos que lhe foram conferidas não a habilitarem para fazer a obra que lhe foi confiada, sobre ela será pronunciada a sentença: "Achada em falta." Pela luz que lhe foi concedida, pelas oportunidades dadas, será ela julgada. O desígnio de Deus para com o seu povo TS3 177 3 Deus tem em reserva amor, alegria, paz e glorioso triunfo, para todos os que O servem em espírito e em verdade. Seu povo, observador dos mandamentos, deve estar sempre pronto para o serviço. Devem receber cada vez mais graça e poder, e cada vez mais conhecimento da operação do Espírito Santo. Muitos, porém, não estão preparados para receber os preciosos dons do Espírito que Deus lhes deseja conceder. Não estão a erguer-se mais e mais alto, no empenho de alcançar poder de cima, para que, pelos dons recebidos possam ser reconhecidos como o povo peculiar de Deus, zeloso de boas obras. "Arrepende-te, e pratica as primeiras obras" TS3 177 4 Solenes admoestações e advertências, manifestas na destruição de muito acariciadas instalações(4) para o serviço, como que nos dizem: "Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras." Apocalipse 2:5. Por que há tão pálida percepção da verdadeira condição espiritual da igreja? Não caiu a cegueira sobre os vigias dos muros de Sião? Não se acham muitos dos servos de Deus despreocupados e bem satisfeitos, como se a coluna de nuvem, de dia, e a de fogo, à noite, pousassem sobre o santuário? Não há, em cargos de responsabilidade, os que professam conhecer a Deus mas em sua vida e caráter O negam? Não se acham muitos dos que se consideram o Seu povo escolhido e peculiar, satisfeitos com viver sem a evidência de que, na verdade, Deus Se acha no meio deles, para os salvar das ciladas e dos ataques de Satanás? TS3 178 1 Não possuiríamos hoje muito mais luz se, no passado, tivéssemos acolhido as advertências do Senhor, reconhecido a Sua presença e volvido costas a todas as práticas contrárias à Sua vontade? Se isso houvéssemos feito, a luz do Céu teria brilhado no templo da alma, habilitando-nos para compreender a verdade, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Oh! quanto não é Cristo desonrado pelos que, professando ser cristãos, trazem opróbrio sobre o nome que tomam, deixando de fazer que sua vida corresponda com sua profissão, deixando de tratar-se mutuamente com o amor e respeito que Deus espera revelem em palavras bondosas e atos corteses! TS3 178 2 Os poderes satânicos estão intensamente incitados. Guerras e derramamento de sangue são o resultado. A atmosfera moral acha-se envenenada por atos cruéis e horríveis. O espírito da discórdia está a espalhar-se; ele prevalece por toda parte. Muitas almas acham-se possuídas do espírito de fraude ou de procedimentos clandestinos. Muitos se desviarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. Não discernem qual o espírito que deles tomou posse. Não honram a Deus TS3 178 3 Um Ser que enxerga por sob a superfície e lê o coração de todos os homens, diz dos que têm recebido grande luz: "Não se acham aflitos e atônitos por causa de seu estado moral e espiritual." "Escolhem os seus próprios caminhos, e a sua alma toma prazer nas suas abominações; também Eu quererei as suas ilusões, farei vir sobre eles os seus temores; porquanto clamei e ninguém respondeu, falei, e não escutaram, mas fizeram o que parece mal aos Meus olhos, e escolheram aquilo em que não tinha prazer." Isaías 66:3, 4. "Por isso Deus lhe enviará a operação do erro, para que creiam a mentira", "porque não receberam o amor da verdade para se salvarem", "antes tiveram prazer na iniqüidade." 2 Tessalonicenses 2:11, 10, 12. TS3 178 4 O Professor celeste indagou: "Que engano maior poderá seduzir o espírito do que a pretensão de que estais construindo sobre o fundamento reto e de que Deus aceita vossas obras, quando na realidade estais efetuando muitas coisas de acordo com princípios mundanos, e estais pecando contra Jeová? Oh! é um grande engano, uma fascinante ilusão, a que toma posse do espírito dos homens, quando, tendo uma vez conhecido a verdade, confundem a forma da piedade com o espírito e a eficiência da mesma; quando supõem ser ricos, e estar enriquecidos, e de nada terem falta, enquanto na realidade estão faltos de tudo!" TS3 179 1 Deus não mudou em relação a Seus servos fiéis que guardam imaculadas as suas vestes. Mas muitos estão a clamar: "Paz e segurança!" (1 Tessalonicenses 5:3), enquanto está prestes a sobrevir-lhes repentina destruição. A menos que haja arrependimento completo, a menos que os homens humilhem o coração, confessando os pecados e recebendo a verdade tal qual é em Jesus, jamais entrarão no Céu. Quando a purificação se realizar em nossas fileiras, não ficaremos por mais tempo ociosos, jactando-nos de ser ricos e enriquecidos e de nada ter falta. TS3 179 2 Quem pode sinceramente dizer: "Nosso ouro é provado no fogo; nossas vestes estão incontaminadas do mundo"? Eu vi nosso Instrutor apontando para as vestes da chamada justiça. Tirando-as, pôs a descoberta a corrupção que estava por debaixo. Disse-me Ele, então: "Não vê como eles pretensiosamente encobriam seu depravamento e corrupção do caráter? 'Como se fez prostituta a cidade fiel!' Isaías 1:21. A casa de Meu Pai é feita casa de comércio, um lugar de onde partiram a presença e glória divinas! Por esse motivo é que há fraqueza, e falta de força." Chamado para a reforma TS3 179 3 A menos que se arrependa e converta a igreja que agora está a levedar-se com sua apostasia, comerá do fruto de seus próprios atos, até que se aborreça a si mesma. Quando resistir ao mal e escolher o bem, quando buscar a Deus com toda a humildade e alcançar sua alta vocação em Cristo, permanecendo na plataforma da verdade eterna, e pela fé lançar mão dos dons que para ela se acham preparados, então será curada. Aparecerá então na simplicidade e pureza que Deus lhe deu, separada de embaraços terrenos, mostrando que a verdade com efeito a libertou. Então seus membros serão na verdade os escolhidos de Deus, os Seus representantes. TS3 179 4 É chegado o tempo para se realizar uma reforma completa. Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de discórdia e luta. Os que não têm estado a viver em comunhão cristã, chegar-se-ão uns aos outros em contato íntimo. Um membro que trabalhe da maneira devida levará outros membros a unir-se-lhes em súplica pela revelação do Espírito Santo. Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito. As barreiras que separam um crente de outro, serão derribadas e os servos de Deus falarão as mesmas coisas. O Senhor cooperará com os Seus servos. Todos orarão com entendimento a prece que Cristo ensinou aos Seus servos: "Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu." Mateus 6:10. ------------------------Capítulo 49 -- Rumo ao lar TS3 180 1 Ao ouvir das terríveis calamidades que semana a semana estão ocorrendo, pergunto-me a mim mesma: Que significam estas coisas? As mais terríveis catástrofes seguem-se umas às outras em rápida sucessão. Com que freqüência ouvimos de terremotos e furacões, de destruição por fogo e inundações, com grandes perdas de vida e propriedade! Aparentemente essas calamidades são caprichosas irrupções de forças desordenadas, irregulares, mas nelas se pode ler o propósito de Deus. São um dos meios pelos quais Ele procura despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer o seu perigo. TS3 180 2 A vinda de Cristo está mais próxima do que quando aceitamos a fé. Aproxima-se de seu término o grande conflito. Os juízos de Deus estão na Terra. Pronunciam solene advertência, dizendo: "Estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." Mateus 24:44. TS3 180 3 Mas há em nossas igrejas muitos, muitos que pouco sabem da real significação da verdade para este tempo. Apelo para eles a fim de que não passem por alto o cumprimento dos sinais dos tempos, que diz tão claramente estar perto o fim. Oh! quantos que não buscaram a salvação de sua alma farão logo o amargo lamento: "Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos!" Jeremias 8:20. TS3 180 4 Vivemos nas cenas finais da história da Terra. A profecia cumpre-se rapidamente. As horas de graça escoam-se depressa. Não temos tempo -- nem um momento -- para perder. Não sejamos achados dormindo na guarda. Ninguém diga em seu coração ou por suas obras: "Meu Senhor tarde virá." Mateus 24:48. Que a mensagem da breve volta de Cristo ressoe em fervorosas palavras de advertência. Persuadamos homens e mulheres de toda parte, a arrependerem-se e fugirem da ira vindoura. Despertemo-los, levando-os a preparar-se imediatamente, pois pouco imaginamos o que está diante de nós. Saiam pastores e membros leigos para os campos a fim de dizer aos despreocupados e indiferentes que busquem ao Senhor enquanto Se pode achar. Os obreiros encontrarão sua seara onde quer que proclamem as esquecidas verdades da Bíblia. Encontrarão pessoas que aceitarão a verdade e dedicarão a vida à conquista de almas para Cristo. TS3 181 1 O Senhor há de vir cedo, e precisamos estar preparados para encontrá-Lo em paz. Estejamos resolvidos a fazer tudo quanto está ao nosso alcance para comunicar luz aos que nos cercam. Não devemos estar tristes, mas animosos, e ter sempre perante nós o Senhor Jesus. Ele virá logo, e devemos estar prontos e aguardando o Seu aparecimento. Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão-somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: "Rumo ao lar!" Estamo-nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar ao lar eterno os Seus resgatados. TS3 181 2 Na grande obra finalizadora defrontaremos perplexidades com as quais não saberemos como tratar; mas não esqueçamos que os três grandes poderes do Céu estão atuando, que a mão divina está ao leme, e que Deus cumprirá Suas promessas. Ele congregará do mundo um povo que O servirá em justiça. TS3 181 3 A obra da criação jamais poderá ser explicada pela ciência. Que ciência pode explicar o mistério da vida? TS3 181 4 A teoria de que Deus não criou a matéria ao trazer à existência o mundo, não tem fundamento. Na formação de nosso mundo, Deus não dependia de matéria preexistente. Ao contrário, todas as coisas, materiais e espirituais, surgiram perante o Senhor Jeová ao Seu comando, e foram criadas para o Seu próprio desígnio. Os céus e todas as suas hostes, a Terra e tudo quanto nela há, são não somente obra de Suas mãos; vieram à existência pelo sopro de Sua boca. TS3 181 5 "Pela fé entendemos que os mundos, pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente." Hebreus 11:3. -- Testimonies for the Church 8:258, 259 (1904). ------------------------Capítulo 50 -- As leis da natureza TS3 182 1 Por apegarem-se às leis da matéria e da natureza, muitos perdem de vista, se é que não negam, a intervenção contínua e direta de Deus. Propugnam eles a idéia de que a natureza atua independentemente de Deus, tendo inerentemente suas próprias restrições e capacidade de atuar. Têm eles em mente uma distinção definida entre o natural e o sobrenatural. O natural é atribuído a causas comuns, sem ligação com o poder de Deus. O poder vital é atribuído à matéria, e a natureza é deificada. Concebe-se que a matéria é posta em certas relações e abandonada a agir segundo leis fixas, em que o próprio Deus não pode interferir; que a natureza está dotada de certas propriedades, e sujeita a leis, e é então abandonada a si mesma para obedecer a essas leis, e realizar o trabalho que lhe foi originalmente atribuído. TS3 182 2 Isso é ciência falsa; nada há na Palavra de Deus que o confirme. Deus não anula as Suas leis, mas está continuamente operando por meio delas, usando-as como instrumentos Seus. Elas não atuam por conta própria. Deus está perpetuamente atuando na natureza. Ela é serva Sua, por Ele dirigida como Lhe apraz. Por sua atuação, a natureza testifica da presença sagaz e da intervenção ativa de um Ser que procede em todas as Suas obras em conformidade com Sua vontade. Não é por meio de uma faculdade original inerente à natureza que ano após ano a Terra produz as suas dádivas, e prossegue em sua marcha em redor do Sol. A mão do infinito poder está perpetuamente em atividade, guiando este planeta. É o poder de Deus, exercido momento a momento, que o mantém em posição na sua rotação. TS3 182 3 O Deus do Céu trabalha continuamente. É pelo Seu poder que a vegetação cresce, que cada folha brota e toda flor desabrocha. Toda gota de chuva ou floco de neve, cada haste de grama, folha, flor e arbusto, testifica de Deus. Essas pequeninas coisas, tão comuns em torno de nós, ensinam a lição de que nada escapa à consideração do infinito Deus, nada é insignificante demais para a Sua atenção. TS3 182 4 A estrutura do corpo humano não pode ser amplamente compreendida; apresenta ela mistérios que desconcertam os mais inteligentes. Não é como resultado de um mecanismo que, uma vez posto em movimento, continue a funcionar, que o pulso bate e respiração se segue a respiração. Em Deus vivemos, e nos movemos, e existimos. Cada respiração, cada batimento do coração constitui prova contínua do poder de um Deus onipresente. TS3 182 5 Deus é que faz o Sol surgir no céu. Ele abre as janelas do céu e dá a chuva. Ele faz crescer a vegetação sobre os montes. Ele "dá a neve como lã, esparge a geada como cinza". Salmos 147:16. "Fazendo Ele soar a Sua voz, logo há arruído de águas no céu. ... Ele faz os relâmpagos para a chuva, e faz sair o vento dos seus tesouros." Jeremias 10:13. TS3 182 6 O Senhor está constantemente empenhado em suster e usar, como servas Suas, as coisas que criou. Disse Cristo: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também." João 5:17. Mistérios do poder divino TS3 182 7 Homens da maior inteligência não podem compreender os mistérios de Jeová revelados na natureza. A divina inspiração formula muitas perguntas a que o sábio mais profundo não sabe responder. Essas perguntas não foram feitas para que ele a elas respondesse, mas para chamar-nos a atenção para os profundos mistérios de Deus, e ensinar-nos que limitada é a nossa sabedoria; que no ambiente de nossa vida diária muitas coisas existem além da compreensão das mentes finitas; que o discernimento e propósitos de Deus excedem a pesquisa. Sua sabedoria é inescrutável. TS3 182 8 Os céticos recusam-se a crer em Deus, porque com sua mente finita não podem compreender o infinito poder com que Se revela aos homens. Mas Deus deve ser reconhecido mais pelo que Ele não revela acerca de Si, do que pelo que é acessível à nossa compreensão limitada. Tanto na revelação divina quanto na natureza, Deus deu aos homens mistérios para lhes inspirar fé. Assim deve ser. Poderemos estar sempre pesquisando, sempre inquirindo, sempre aprendendo, e, contudo, sempre há, além, um infinito. TS3 182 9 A educação iniciada aqui não será completada nesta vida; prosseguirá através da eternidade -- progredindo sempre, nunca se completando. Dia a dia, as maravilhosas obras de Deus, as provas de Seu miraculoso poder ao criar e manter o Universo, abrir-se-ão ao espírito em nova beleza. À luz que procede do trono desaparecerão os mistérios, e a alma se encherá de assombro pela simplicidade das coisas que nunca dantes compreendera. -- Testimonies for the Church 8:328 (1904). ------------------------Capítulo 51 -- Um Deus pessoal TS3 184 1 A força potente que atua por meio de toda a natureza e sustenta todas as coisas não é, como alguns cientistas descrevem, simplesmente um princípio dominante, uma energia impulsionante. Deus é espírito; não obstante é um ser pessoal, pois o homem foi criado à Sua imagem. A natureza não é Deus TS3 184 2 As coisas de feitura divina na natureza não são o próprio Deus na natureza. As coisas da natureza são uma expressão do caráter divino; por meio delas podemos compreender o Seu amor, Seu poder, e Sua glória; mas não devemos considerar a natureza como sendo Deus. A perícia artística dos seres humanos produz obras muito belas, coisas que deleitam os olhos, e essas coisas nos dão em parte um vislumbre de quem as ideou; mas a obra feita não é o homem. Não é a obra, mas o obreiro que é considerado merecedor de honra. Assim, conquanto a natureza seja uma expressão do pensamento de Deus, não a natureza, mas o Deus da natureza é que deve ser exaltado... Um Deus pessoal criou o homem TS3 184 3 Na criação do homem foi manifesta a intervenção de um Deus pessoal. Ao fazer Deus o homem à Sua imagem, a forma humana estava perfeita em toda a sua distribuição, mas sem vida. Então, um Deus pessoal que tem vida em Si mesmo, soprou nessa forma o fôlego da vida, e o homem tornou-se um ser vivente, respirando e dotado de inteligência. Todas as partes do organismo humano entraram em ação. O coração, as artérias, as veias, a língua, as mãos, os pés, os sentidos, as percepções da mente -- todos começaram a funcionar, e todos ficaram sujeitos a uma lei. O homem tornou-se alma vivente. TS3 185 1 Por meio de Jesus Cristo, um Deus pessoal criou o homem, e dotou-o de inteligência e vigor. TS3 185 2 Nossa matéria não estava escondida dEle quando fomos feitos misteriosamente. Seus olhos viram a nossa matéria, se bem que imperfeita; e no Seu livro todos os nossos membros estavam escritos, quando ainda nenhum deles havia. TS3 185 3 Acima de todas as ordens de seres inferiores, Deus pretendia que o homem, a obra-prima de Sua criação, expressasse o Seu pensamento e Lhe revelasse a glória. Porém não deve o homem exaltar-se como se fora Deus. ... Deus revelado em Cristo TS3 185 4 Como ser pessoal, Deus Se revelou em Seu Filho. Jesus, o resplendor da glória do Pai, "e a expressa imagem da Sua pessoa" (Hebreus 1:3), veio à Terra sob a forma de homem. Como Salvador pessoal, veio Ele ao mundo. Como Salvador pessoal subiu ao Céu. Como Salvador pessoal, intercede nas cortes celestes. Perante o trono de Deus ministra em nosso favor "um semelhante ao Filho do homem". Apocalipse 1:13. TS3 185 5 Cristo, a luz do mundo, velou o ofuscante esplendor de Sua divindade, e veio viver como homem entre homens, para que, sem serem destruídos, pudessem relacionar-se com seu Criador. Homem algum viu a Deus jamais, exceto na Sua revelação através de Cristo. TS3 185 6 "Eu e o Pai somos um" (João 10:30), declarou Cristo. "Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar." Mateus 11:27. TS3 185 7 Cristo veio revelar aos seres humanos o que Deus quer que saibam. Nos altos céus, na Terra, na imensidão das águas do oceano, vemos as obras da mão de Deus. Todas as coisas criadas testificam do Seu poder, Sua sabedoria, Seu amor. Mas não é das estrelas, nem do oceano, nem da catarata que podemos aprender acerca da personalidade de Deus segundo é revelado em Cristo. TS3 185 8 Viu Deus que uma revelação mais clara do que a natureza era necessária para retratar-Lhe a personalidade e o caráter. Enviou Ele o Seu Filho ao mundo para revelar, tanto quanto podia a vista humana suportar, a natureza e os atributos do Deus invisível. TS3 185 9 Se Deus houvesse querido ser representado como personalidade ligada às coisas da natureza -- na flor, na árvore, nas hastes da relva -- não teria Cristo falado disso aos Seus discípulos quando esteve na Terra? Mas em parte alguma, nos ensinos de Cristo é Deus representado dessa forma. Cristo e os apóstolos ensinaram claramente a verdade da existência de um Deus pessoal. TS3 186 1 Cristo revelou, acerca de Deus, tudo quanto seres humanos pecadores poderiam suportar sem serem destruídos. Ele é o divino Professor e Iluminador. Se Deus houvesse pensado que necessitávamos de revelações outras que não as feitas através de Cristo, e em Sua Palavra escrita, Ele as teria dado. Revelações de Deus aos discípulos TS3 186 2 Estudemos as palavras proferidas por Cristo no cenáculo, na noite anterior à Sua crucifixão. Aproximava-Se Ele de Sua hora de prova, e tratou de confortar Seus discípulos, que iriam ser severamente tentados e provados. TS3 186 3 "Não se turbe o vosso coração", disse Ele, "credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. ... TS3 186 4 "Disse-Lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim. Se vós Me conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a Meu Pai; e já desde agora O conheceis, e O tendes visto." TS3 186 5 "Senhor, mostra-nos o Pai", disse Filipe, "o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não Me tendes conhecido, Filipe? Quem Me vê a Mim, vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que Eu estou no Pai, e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos digo não as digo de Mim mesmo, mas o Pai, que está em Mim, é quem faz as obras." João 14:1-10. TS3 186 6 Não haviam ainda os discípulos compreendido as palavras de Cristo atinentes à Sua relação para com Deus. Muito do Seu ensino lhes era ainda obscuro. Haviam feito muitas perguntas que revelavam a sua ignorância acerca da relação de Deus para com eles e quanto aos seus interesses futuros. Cristo queria que tivessem mais claro e mais preciso conhecimento de Deus. TS3 186 7 "Disse-vos isto por parábolas", disse Ele, "chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai." João 16:25. TS3 186 8 Quando, no dia de Pentecoste, o Espírito Santo foi derramado sobre os discípulos, compreenderam eles as verdades proclamadas por Cristo em parábolas. Os ensinos que lhes haviam sido mistérios foram esclarecidos. A compreensão que lhes adveio com o derramamento do Espírito fê-los envergonharem-se de suas teorias fantasiosas. Suas suposições e interpretações eram loucura quando comparadas com o conhecimento das coisas celestiais que então receberam. Foram guiados pelo Espírito; e raiou luz no seu entendimento anteriormente obscurecido. TS3 187 1 Os discípulos não haviam, porém, recebido o cumprimento total da promessa de Cristo. Receberam todo o conhecimento de Deus que poderiam suportar, mas o cumprimento integral da promessa de que Cristo lhes mostraria claramente o Pai, ainda estava por vir. Assim acontece hoje. Nosso conhecimento de Deus é parcial e imperfeito. Quando o conflito houver terminado, e Jesus Cristo Homem confessar perante o Pai Seus leais obreiros que, num mundo de pecado, Lhe serviram de testemunhas fiéis, compreenderão eles o que agora lhes são mistérios. TS3 187 2 Cristo levou consigo para as cortes celestes a Sua humanidade glorificada. A quantos O recebem, concede Ele a faculdade de tornarem-se filhos de Deus, para que no final Deus os receba como Seus para com Ele viverem através de toda a eternidade. Se, durante esta vida, forem fiéis a Deus, no final "verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome". Apocalipse 22:4. E qual é a felicidade do Céu, senão ver a Deus? Que maior alegria poderia sobrevir ao pecador salvo pela graça de Cristo do que contemplar o rosto de Deus, e conhecê-Lo como Pai? O testemunho da escritura TS3 187 3 As Escrituras indicam com clareza a relação que há entre Deus e Cristo, e com idêntica clareza apresentam a personalidade e individualidade de cada um. TS3 187 4 "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da Majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és Meu Filho, hoje Te gerei? e outra vez: Eu Lhe serei por Pai, e Ele Me será por Filho?" Hebreus 1:1-5. TS3 187 5 Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de Deus. TS3 187 6 Jesus disse aos judeus: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho. ... O Filho por Si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai; porque tudo quanto Ele faz, o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho, e mostra-Lhe tudo o que faz." João 5:17-20. TS3 187 7 Novamente é apresentada a personalidade do Pai e do Filho, mostrando a unidade existente entre Eles. TS3 188 1 Essa unidade é expressa também na oração de Cristo pelos discípulos, no décimo sétimo capítulo de João: "E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste. E Eu dei-lhes a glória que a Mim Me deste, para que sejam um, como Nós somos um. Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:20-23. TS3 188 2 Declaração admirável! A unidade existente entre Cristo e Seus discípulos não destrói a personalidade de nenhum deles, são um no propósito, no pensamento, no caráter, mas não em pessoa. Assim é que Deus e Cristo são um. ... Seu cuidado providencial TS3 188 3 O nosso Deus tem o Céu e a Terra sob o Seu comando, e sabe justamente o de que necessitamos. Só vemos um pequeno trecho do caminho que está à nossa frente; mas "todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos dAquele com quem temos de tratar". Hebreus 4:13. Ele está entronizado acima do tumulto da Terra; todas as coisas estão ao alcance da Sua divina supervisão; e lá da Sua grande e calma eternidade Ele comanda o que em Sua providência vê ser o melhor. TS3 188 4 Nem um passarinho cai ao chão sem que o Pai perceba. O ódio de Satanás contra Deus o induz a deleitar-se até na destruição das mudas criaturas. Somente por meio do cuidado protetor de Deus é que os pássaros são preservados para nos alegrarem com seus cantos de júbilo. Porém, nem os pássaros Ele esquece. "Não temais pois: mais valeis vós do que muitos passarinhos." Mateus 10:31. ------------------------Capítulo 52 -- O perigo do conhecimento especulativo TS3 189 1 A falsa ciência é uma dos meios de que Satanás se serviu nas cortes celestes, e dele se serve ainda hoje. As declarações falsas que fez aos anjos, suas sutis teorias científicas, seduziram muitos deles levando-os a romper sua lealdade. TS3 189 2 Havendo perdido seu lugar no Céu, Satanás apresentou suas tentações aos nossos primeiros pais. Adão e Eva cederam ao inimigo, e por sua desobediência foi a humanidade separada de Deus, e a Terra separada do Céu. TS3 189 3 Se Adão e Eva não houvessem nunca tocado a árvore proibida, o Senhor lhes teria comunicado conhecimento -- conhecimento sobre o qual não repousava a maldição do pecado, conhecimento que lhes teria proporcionado alegria eterna. Tudo quanto ganharam por sua desobediência foi a familiarização com o pecado e suas conseqüências. Enganos dos últimos dias TS3 189 4 O campo para o qual Satanás levou nossos primeiros pais é o mesmo para que está a levar os homens hoje. Está a inundar o mundo com fábulas agradáveis. Por todas as astúcias ao seu alcance procura impedir os homens de obterem o conhecimento de Deus, o qual é salvação. TS3 189 5 Vivemos em época de muita luz; mas muita coisa a que se chama luz está abrindo o caminho para a sabedoria e as artimanhas de Satanás. Muitas coisas serão apresentadas que parecerão verdadeiras, e contudo terão que ser ponderadas cuidadosamente, com muita oração; pois podem ser sutis artifícios do inimigo. A senda do erro parece muitas vezes estar bem vizinha da vereda da verdade. Ela quase não é distinguível da verdade que leva à santidade e ao Céu. Mas a mente iluminada pelo Espírito Santo sabe discernir que essa senda diverge do caminho reto. Depois de algum tempo se vê que os dois se acham vastamente separados. Teorias panteístas TS3 189 6 Já se estão infiltrando entre nosso povo ensinos espiritistas, que solaparão a fé dos que lhes derem ouvido. A teoria de que Deus é uma essência que penetra toda a natureza, é um dos mais sutis artifícios de Satanás. Representa falsamente a Deus e é uma desonra para Sua grandeza e majestade. TS3 189 7 As teorias panteístas não são sustentadas pela Palavra de Deus. A luz de Sua verdade mostra que essas doutrinas são destruidoras das pessoas. As trevas são o seu elemento, a sensualidade, a sua esfera. Satisfazem o coração natural, e favorecem a inclinação. A separação de Deus é o resultado de sua aceitação. TS3 189 8 Nossa condição tornou-se, pelo pecado, sobrenatural, e o poder que nos restaura tem que ser sobrenatural, do contrário não terá valor. Há um só poder capaz de romper no coração do homem a força do mal, e esse é o poder de Deus em Jesus Cristo. Unicamente pelo sangue do Crucificado pode haver purificação do pecado. Sua graça, tão-somente, pode habilitar-nos a resistir às tendências de nossa natureza caída e sujeitá-las. A este poder tornam sem efeito as teorias espiritistas acerca de Deus. Se Deus é uma essência que penetra toda a natureza, Ele então habita em todos os homens; e para alcançar a santidade, basta ao homem desenvolver a capacidade que tem em si mesmo. TS3 190 1 Estas teorias, seguidas até à sua conclusão lógica, derribam toda a organização cristã. Removem a necessidade da expiação e fazem do homem o seu próprio salvador. Essas teorias a respeito de Deus tornam sem efeito a Sua Palavra, e os que as aceitam estão em grande perigo de ser afinal levados a considerar a Bíblia toda uma obra de ficção. Podem eles considerar a virtude melhor que o vício; mas sendo Deus removido de Sua posição de soberania, põem a confiança no poder humano, que, sem Deus, está destituído de valor. A vontade humana, desajudada, não tem real poder para resistir ao mal e vencê-lo. As fortalezas da alma acham-se derribadas. O homem não tem barreira que o proteja do pecado. Uma vez rejeitadas as restrições da Palavra de Deus e de Seu Espírito, não sabemos a que profundezas pode o homem cair. TS3 190 2 Os que continuarem a manter essas teorias espiritualistas hão de, sem dúvida, comprometer sua experiência cristã, cortar a ligação com Deus e perder a vida eterna. TS3 190 3 Os que semeiam enganos acerca de Deus e da natureza, os que inundam o mundo com ceticismo, são inspirados pelo inimigo caído, que é também estudante da Bíblia, sabe qual a verdade essencial para o povo e empenha-se em distrair as mentes das grandes verdades destinadas a prepará-las para o que está prestes a sobrevir ao mundo. TS3 190 4 Vi as conseqüências desses fantasiosos pontos de vista acerca de Deus, na apostasia, espiritualismo e amor livre. A tendência para o amor livre, que esses ensinos encerram, estava tão disfarçada que a princípio era difícil tornar claro o seu verdadeiro caráter. Até que o Senhor mo apresentou, eu não sabia como denominá-lo, mas fui instruída a chamá-lo amor espiritual não santificado. O fanatismo depois de 1844 TS3 190 5 Depois de 1844 tivemos que enfrentar fanatismos de todas as espécies. Foram-me dados testemunhos de repreensão, que eu deveria apresentar a alguns que mantinham teorias espíritas. TS3 190 6 Havia os que estavam ativos em disseminar idéias falsas acerca de Deus. Foi-me dada luz de que esses homens estavam tornando sem efeito a verdade, por meio de seus falsos ensinos. Fui instruída de que estavam desviando almas, apresentando teorias especulativas relativamente a Deus. TS3 191 1 Dirigi-me ao lugar onde se encontravam e apresentei-lhes a natureza de sua obra. O Senhor me deu força para lhes revelar, claramente, o seu perigo. Entre outros pontos de vista, sustentavam que os que se achassem uma vez santificados, não poderiam mais pecar. Seu ensino falso estava operando grande mal entre eles mesmos e entre outros. Estavam adquirindo influência espiritista sobre os que não viam o mal dessas teorias vestidas de lindos trajes. A doutrina de que todos eram santos, levara à crença de que as afeições dos santos não levariam nunca ao mal. A conseqüência desta crença foi o cumprimento dos maus desejos de corações que, embora professassem ser santos, estavam longe da pureza de pensamentos e de vida. TS3 191 2 Os ensinos ímpios são seguidos de práticas pecaminosas. São a sedutora isca empregada pelo pai da mentira, e resultam na impenitência da impureza satisfeita consigo própria. TS3 191 3 Este é apenas um dos casos em que fui chamada a repreender os que estavam apresentando a doutrina de um Deus impessoal permeando toda a natureza, e erros semelhantes. Repetir-se-ão experiências do passado TS3 191 4 A experiência do passado há de repetir-se. No futuro, as superstições de Satanás assumirão novas formas. Erros serão apresentados de maneira agradável e lisonjeira. Falsas teorias, revestidas de trajes de luz, apresentar-se-ão ao povo de Deus. Assim procurará Satanás enganar, se possível, até os escolhidos. As mais sedutoras influências serão exercidas; mentes serão hipnotizadas. TS3 191 5 Corrupções de toda sorte, semelhantes às que prevaleciam entre os antediluvianos, serão introduzidas para levar cativo o entendimento dos homens. A exaltação da natureza em lugar de Deus, a irrestrita licenciosidade da vontade humana, o conselho dos ímpios -- desses se serve Satanás para conseguir certos fins. Ele empregará o poder de uma mente sobre outra para realizar os seus desígnios. O pensamento mais triste de todos é o de que, sob a sua enganosa influência, os homens terão uma forma de piedade, sem ter verdadeira ligação com Deus. Como Adão e Eva, que comeram o fruto da árvore da ciência do bem e do mal, muitos se estão agora mesmo alimentando com os enganosos bocados do erro. TS3 191 6 Agentes satânicos estão vestindo teorias de roupagens atraentes, do mesmo modo que Satanás, no jardim do Éden, ocultou de nossos primeiros pais a sua identidade por intermédio da serpente. Esses agentes estão incutindo no espírito do homem isso que na realidade é erro mortífero. A influência hipnótica de Satanás repousará sobre os que se volvem da clara Palavra de Deus para fábulas agradáveis. TS3 192 1 Os que receberam mais luz, é que Satanás busca mais assiduamente apanhar. Ele sabe que, se conseguir enganá-los, eles sob o seu domínio, revestirão o pecado com trajes de justiça, levando muitos a desviarem-se. TS3 192 2 Digo a todos: Estai de sobreaviso, pois, como anjo de luz, Satanás está percorrendo todas as reuniões de obreiros cristãos, e em cada igreja procura ganhar para seu lado os membros. Ordena-se-me dar ao povo de Deus a advertência: "Não erreis; Deus não Se deixa escarnecer." Gálatas 6:7. Cuidado com religião sensacionalista TS3 192 3 Precisamos, no tempo atual, de homens espirituais na causa de Deus, homens que sejam firmes nos princípios e tenham compreensão clara da verdade. TS3 192 4 Tenho sido instruída de que não é de doutrinas novas e fantasiosas que o povo precisa. Não necessitam de conjeturas humanas. Precisam do testemunho de homens que conhecem e praticam a verdade, homens que compreendam a ordem dada a Timóteo e lhe obedecem: "Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme às suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre o teu ministério." 2 Timóteo 4:2-5. TS3 192 5 Andai firme e decididamente, calçando os pés com a preparação do evangelho da paz. Podeis estar certos de que religião pura e imaculada não é religião sensacional. Deus não pôs sobre ninguém o encargo de estimular o apetite pelas doutrinas e teorias especulativas. Meus irmãos, conservai fora de vossos ensinos estas coisas. Não permitais que façam parte de vossa experiência. Não seja por elas manchada a obra de vossa vida. Advertência contra falsos ensinos TS3 192 6 Uma advertência contra os falsos ensinos encontra-se na carta de Paulo aos colossenses. Declara o apóstolo que o coração dos crentes deve estar "unido em caridade, e enriquecido da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus -- Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". "E digo isto", prossegue ele, "para que ninguém vos engane com palavras persuasivas. ... Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nEle, arraigados e sobreedificados nEle, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade; e estais perfeitos nEle, que é a cabeça de todo o principado e potestade." Colossences 2:2-10. TS3 193 1 Sou instruída a dizer ao nosso povo: Sigamos a Cristo. Não vos esqueçais de que Ele é quem deve ser em tudo o nosso modelo. Podemos com segurança rejeitar as idéias que não se encontram em Seus ensinos. Apelo para nossos pastores, para que se certifiquem de que tenham os pés firmados na plataforma da verdade eterna. Cuidai de que não sigais o impulso, chamando-lhe o Espírito Santo. Alguns há que estão em perigo neste sentido. Incito-os a serem sãos na fé, capazes de dar a todo o que lha pedir, a razão da esperança que têm. Espíritos desviados do dever presente TS3 193 2 O inimigo está procurando desviar o espírito de nossos irmãos e irmãs da obra de preparar um povo que subsista nestes últimos dias. Seus sofismas destinam-se a desviar a mente dos perigos e deveres do momento. Avaliam em nada a luz que, por intermédio de João, Cristo deu ao Seu povo, para isso descendo do Céu. Ensinam que as cenas que estão justamente diante de nós não são de importância suficiente para merecer atenção especial. Tornam de nenhum efeito a verdade de origem celestial, roubam ao povo de Deus sua experiência passada, dando-lhes em seu lugar uma ciência falsa. TS3 193 3 "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntei pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele." Jeremias 6:16. TS3 193 4 Não procure ninguém remover os alicerces de nossa fé -- os alicerces lançados no princípio de nossa obra, pelo piedoso estudo da Palavra e pela revelação. Sobre estes alicerces temos estado a construir nestes cinqüenta anos passados. Poderão os homens supor que tenham achado um novo caminho, e sejam capazes de lançar um alicerce mais firme do que o já lançado. Mas isto é grande engano. Homem nenhum poderá pôr outro fundamento além do que já foi posto. TS3 193 5 No passado, muitos têm empreendido o reerguimento de uma nova fé, o estabelecimento de novos princípios. Mas por quanto tempo resistiu seu edifício? Ruiu logo, pois não se achava alicerçado sobre a Rocha. TS3 193 6 Não tinham os primeiros discípulos que enfrentar os ditos dos homens? Não tinham eles que ouvir falsas teorias, e então havendo feito tudo, ficar firmes, dizendo: "Ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto"? 1 Coríntios 3:11. TS3 194 1 Assim devemos nós reter firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. Palavras de poder têm sido enviadas por Deus e por Cristo a este povo, tirando-os do mundo, ponto por ponto, para a clara luz da verdade presente. Com os lábios tocados de fogo sagrado, têm os servos de Deus proclamado a mensagem. A linguagem divina tem confirmado a genuinidade da verdade proclamada. Renovação do positivo testemunho TS3 194 2 O Senhor pede a renovação do positivo testemunho apresentado em anos passados. Ele pede uma reforma da vida espiritual. As energias espirituais do Seu povo têm por muito tempo estado entorpecidas, mas há de haver um ressurgimento da morte aparente. TS3 194 3 Pela oração e confissão do pecado, precisamos preparar o caminho do Rei. Ao fazermos isso, sobrevir-nos-á o poder do Espírito. Precisamos da energia pentecostal. Ela virá; pois o Senhor prometeu enviar o Seu Espírito como o poder todo vencedor. TS3 194 4 Tempos perigosos nos estão à frente. Todo o que possui o conhecimento da verdade deve despertar e colocar-se, corpo, alma e espírito, sob a disciplina de Deus. O inimigo está em nosso encalço. Precisamos estar bem despertos, em guarda contra ele. Precisamos revestir-nos de toda a armadura de Deus. Temos que seguir as direções dadas por meio do Espírito de Profecia. Temos que amar a verdade para este tempo e a ela obedecer. Isto nos guardará de aceitar fortes enganos. Deus nos falou por Sua Palavra. Falou-nos pelos testemunhos para a igreja, e pelos livros que têm ajudado a esclarecer o nosso dever presente bem como a posição que devemos ocupar agora. As advertências que têm sido dadas, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, devem ser tomadas a peito. Se as menosprezarmos, que desculpa poderemos apresentar? TS3 194 5 Rogo aos que estão trabalhando para Deus, que não aceitem o espúrio em lugar do genuíno. Não permitais que a razão humana seja posta onde deveria estar a verdade divina e santificadora. Cristo está aguardando oportunidade para acender fé e amor no coração dos Seus. Não recebam as teorias errôneas o apoio do povo que deve estar firme na plataforma da verdade eterna. Deus apela para nós, a fim de que nos mantenhamos fiéis aos princípios fundamentais que se baseiam sobre autoridade inquestionável. Buscar o primeiro amor TS3 194 6 No coração de muitas pessoas que estão na verdade há muito tempo, entrou um espírito inflexível e afeito a julgar. São severos, críticos, murmuradores. Alçaram-se ao assento do juízo, para pronunciar as suas idéias. Deus lhes roga que daí desçam e se prostrem diante dEle em arrependimento, confessando os seus pecados. Ele lhes diz: "Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres." Apocalipse 2:4, 5. Estão-se empenhando por conseguir o primeiro lugar, e por suas palavras e atos ferem muitos corações. TS3 195 1 Contra este espírito e contra a falsa religião do sentimentalismo, a qual é igualmente perigosa, apresento minha advertência. Prestai ouvidos, irmãos e irmãs. Quem é vosso guia: Cristo, ou o anjo que caiu do Céu? Examinai-vos a vós mesmos e vede se estais sãos na fé. A palavra de Deus é a salvaguarda TS3 195 2 Nossa senha deve ser: "À Lei e ao Testemunho: se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação." Isaías 8:20 (TT). Temos a Bíblia repleta da mais preciosa verdade. Ela contém o alfa e ômega do conhecimento. A Escritura, dada por Deus por inspiração, é "proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra". 2 Timóteo 3:16, 17. Tomai a Bíblia para vosso livro de estudos. Todos podem compreender suas instruções. TS3 195 3 Rogo aos nossos pastores, médicos, e a todos os membros da igreja, que estudem as lições que Cristo deu aos Seus discípulos exatamente antes de Sua ascensão. Essas lições contêm instruções de que o povo precisa. TS3 195 4 A vida eterna só se alcança comendo a carne e bebendo o sangue do Filho de Deus. "Na verdade, na verdade vos digo", disse Cristo, "que aquele que crê em Mim tem a vida eterna. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que Eu der é a Minha carne, que Eu darei pela vida do mundo. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. Porque a Minha carne verdadeiramente é comida, e o Meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele. O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são Espírito e vida." João 6:47, 51, 54-56, 63. TS3 195 5 Cristo roga ao Seu povo que creia e pratique Sua palavra. Os que receberem e assimilarem essa palavra, tornando-a parte de cada ação, de cada atributo de caráter, hão de tornar-se fortes na força de Deus. Ver-se-á que sua fé é de origem celestial. Não se desgarrarão para veredas estranhas. Seu espírito não se volverá para uma religião de sentimentalismo e excitamento. Perante anjos e homens, permanecerão como os que têm caráter cristão forte e coerente. No áureo incensário da verdade, apresentado nos ensinos de Cristo, temos aquilo que convencerá e converterá almas. Apresentai, na simplicidade de Cristo, as verdades para cuja proclamação veio Ele ao mundo, e o poder de vossa mensagem far-se-á sentir. Não apresenteis teorias ou provas que Cristo nunca mencionou e que não têm fundamento na Bíblia. Temos grandes e solenes verdades para apresentar. "Está escrito" (Mateus 4:4), é a prova que tem que ser apresentada a cada alma. TS3 196 1 Os homens podem ainda aprender as coisas que pertencem a sua paz. Ainda se pode ouvir a voz da misericórdia, chamando: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:28-30. Somente quando nos é concedida vida espiritual encontramos descanso e conseguimos um bem duradouro. Devemos estar em condições de dizer, em meio à tempestade e procelas: "Minha âncora está firme." TS3 196 2 Recorramos à Palavra de Deus para que nos guie. Busquemos um "assim diz o Senhor". Basta de métodos humanos. A mente treinada unicamente na ciência mundana não compreende as coisas de Deus; mas a mesma mente, convertida e santificada, verá na Palavra o poder divino. Só a mente e o coração purificados pela santificação do Espírito podem discernir coisas celestiais. TS3 196 3 Irmãos, em nome do Senhor vos rogo que desperteis e reconheçais vosso dever. Renda-se o vosso coração ao poder do Espírito, e tornar-se-á sensível aos ensinamentos da Palavra. Então sereis capazes de discernir as coisas profundas de Deus. TS3 196 4 Oxalá Deus sujeite o Seu povo à profunda operação de Seu Espírito! Leve-os Ele a despertar, a reconhecer o perigo em que estão e a preparar-se para o que está para sobrevir à Terra. Estudar o apocalipse TS3 196 5 A João, o Senhor revelou os assuntos que viu serem necessários para o Seu povo nos últimos dias. As instruções que deu, encontram-se no livro de Apocalipse. Os que querem ser coobreiros de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mostrarão profundo interesse nas verdades que se encontram nesse livro. Pela pena e pela voz procurarão tornar claras as coisas maravilhosas para cuja revelação Cristo veio do Céu. TS3 196 6 "Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu, para mostrar aos Seus servos todas as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou, e as notificou a João Seu servo; o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Apocalipse 1:1-3. TS3 197 1 As solenes mensagens que foram dadas, em sua ordem, no Apocalipse, devem ocupar o primeiro lugar no espírito do povo de Deus. Não devemos deixar que qualquer outra coisa nos domine a atenção. TS3 197 2 O precioso tempo está passando rapidamente, e há perigo de que muitos serão roubados do tempo que deveria ser dado à proclamação das mensagens que Deus enviou a um mundo caído. A Satanás agrada ver a distração das mentes que deveriam estar empenhadas no estudo das verdades que têm que ver com realidades eternas. TS3 197 3 O testemunho de Cristo, testemunho do mais solene caráter, deve ser apresentado ao mundo. Através de todo o livro do Apocalipse se encontram as mais preciosas e enobrecedoras promessas, assim como advertências da mais tremenda e solene importância. Não quererão os que professam possuir conhecimento da verdade ler o testemunho dado por Cristo a João? Não há aí meras conjeturas, nem enganos científicos. Há, sim, as verdades que dizem respeito a nosso bem-estar presente e futuro. Que valor tem a palha em relação ao trigo?... TS3 197 4 O Senhor virá logo. Os vigias nos muros de Sião são instados a despertar e reconhecer a responsabilidade que Deus lhes confiou. Deus requer vigias que, no poder do Espírito, dêem ao mundo a última mensagem de advertência; que anunciem a hora da noite. Requer vigias que despertem os homens e mulheres de sua letargia, a fim de que não caiam no sono da morte. ------------------------Capítulo 53 -- A última crise TS3 198 1 Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente, declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas. Os dias em que vivemos são solenes e importantes. O Espírito de Deus está, gradual mas seguramente, sendo retirado da Terra. Pragas e juízos estão já caindo sobre os desprezadores da graça de Deus. As calamidades em terra e mar, as condições sociais agitadas, os rumores de guerra, são portentosos. Prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. TS3 198 2 As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos. TS3 198 3 As condições do mundo mostram que estão iminentes tempos angustiosos. Os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. Roubos ousados são ocorrência freqüente. As greves são comuns. Cometem-se por toda parte furtos e assassínios. Homens possuídos de demônios tiram a vida a homens, mulheres e crianças. Os homens têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie de mal. TS3 198 4 O inimigo tem conseguido perverter a justiça e encher do desejo de ganho egoísta o coração dos homens. "A justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar." Isaías 59:14. Nas cidades grandes há multidões a viver em pobreza e miséria, quase privadas de alimento, abrigo e vestuário; ao passo que nas mesmas cidades há os que têm mais do que o coração poderia desejar, que vivem no luxo, gastando o dinheiro com casas ricamente mobiliadas, com adornos pessoais, ou pior ainda, com a satisfação das paixões carnais, com bebidas alcoólicas, fumo e outros artigos que destroem as faculdades do cérebro, desequilibram a mente e degradam a alma. Sobem para Deus os clamores da humanidade que perece a fome, ao mesmo tempo em que, por toda sorte de opressões e extorsões, os homens acumulam fortunas colossais. Cena de destruição TS3 198 5 Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova Iorque, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar sobre andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido construídos para glorificar seus proprietários e construtores. Erguiam-se eles cada vez mais alto, e neles era empregado o mais precioso material. Aqueles a quem essas construções pertenciam não perguntavam a si mesmos: "Como melhor poderemos glorificar a Deus?" Não tinham ao Senhor em suas cogitações. TS3 198 6 Pensei: "Quem dera que os que deste modo estão empregando seus recursos vissem o seu procedimento como Deus os vê! Estão amontoando edifícios magnificentes, mas que loucos são, à vista do Dominador do Universo, seus planos e projetos! Não estão estudando com todas as faculdades do coração e da mente, como possam glorificar a Deus. Perderam de vista isso, que constitui o primeiro dever do homem." TS3 199 1 Enquanto se erguiam esses edifícios, os proprietários se regozijavam com ambicioso orgulho de que tivessem dinheiro para empregar na satisfação do próprio eu e provocar a inveja de seus vizinhos. Grande parte do dinheiro que assim empregavam havia sido alcançado por extorsões, oprimindo os pobres. Esqueciam-se de que no Céu se conserva registro de todas as transações comerciais; todo trato injusto, cada ato fraudulento, acha-se ali registrado. Tempo virá em que em suas fraudes e insolências os homens atingirão o ponto que o Senhor não permitirá que transponham, e aprenderão que há um limite para a longanimidade de Jeová. TS3 199 2 A cena que em seguida passou perante mim foi um alarme de fogo. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente incombustíveis, e diziam: "Estão perfeitamente seguros." Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de piche. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os bombeiros não podiam fazer funcionar as máquinas. TS3 199 3 Fui instruída de que quando vier o tempo do Senhor, se não houver sido realizada mudança no coração dos soberbos, ambiciosos seres humanos, descobrirão os homens que a mão que fora forte para salvar, será forte para destruir. Nenhuma força terrestre poderá deter a mão de Deus. Não pode, na construção de edifícios, ser usado material algum que os preserve da destruição, quando vier o tempo determinado por Deus para fazer cair sobre os homens as retribuições de seu desrespeito à Sua lei e de sua ambição egoísta. As verdadeiras causas não são compreendidas TS3 199 4 Não existem muitos, mesmo entre educadores e estadistas, que compreendam as causas que servem de base para o presente estado da sociedade. Os que seguram as rédeas do governo são incapazes de resolver o problema da corrupção moral, da pobreza, da miséria e do crime crescente. Estão lutando em vão para colocar as operações comerciais sobre base mais firme. Se os homens dessem mais ouvido aos ensinamentos da Palavra de Deus, achariam uma solução para os problemas que os embaraçam. TS3 199 5 As Escrituras descrevem a condição do mundo exatamente antes da segunda vinda de Cristo. Dos homens que por meio de roubos e extorsões estão acumulando grandes riquezas, está escrito: "Entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a Terra, e vos deleitasses; cevastes os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu." Tiago 5:3-6. TS3 200 1 Quem, no entanto, lê as advertências feitas pelos sinais dos tempos, a cumprirem-se rapidamente? Que impressão é causada sobre os mundanos? Que mudança se vê em sua atitude? Nada mais do que foi visto na atitude dos habitantes do mundo contemporâneo de Noé. Absortos com negócios e prazeres profanos, os antediluvianos "não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos". Mateus 24:39. Tinham advertências, enviadas do Céu, mas recusaram-se a dar-lhes ouvido. E hoje o mundo, em completo desrespeito à voz de Deus, apressa-se para a ruína eterna. O dia do Senhor está perto TS3 200 2 O mundo está agitado pelo espírito de guerra. A profecia do capítulo onze de Daniel atingiu quase o seu cumprimento completo. Logo se darão as cenas de perturbação das quais falam as profecias. TS3 200 3 "Eis que o Senhor esvazia a Terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores. ... Porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a Terra; e os que habitam nela serão desolados. ... Cessou o folguedo dos tamboris, acabou o ruído dos que pulam de prazer, e descansou a alegria da harpa." Isaías 24:1-8. TS3 200 4 "Ah! aquele dia! porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-poderoso. ... A semente apodreceu debaixo dos seus torrões, os celeiros foram assolados, os armazéns derribados, porque se secou o trigo. Como geme o gado! As manadas de vacas estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas são destruídos." "A vide se secou, a figueira se murchou; a romeira também, e a palmeira e a macieira; todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se secou entre os filhos dos homens." Joel 1:15-18, 12. TS3 200 5 "Estou ferido no meu coração! ... Não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra. Quebranto sobre quebranto se apregoa; porque já toda a Terra está destruída." Jeremias 4:19, 20. TS3 200 6 "Observei a Terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz. Observei os montes, e eis que estavam tremendo; e todos os outeiros estremeciam. Observei e vi que homem nenhum havia e que todas as aves do céu tinham fugido. Vi também que a terra fértil era um deserto, e que todas as suas cidades estavam derribadas." Jeremias 4:23-26. TS3 201 1 "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! e é tempo de angústia para Jacó; ele porém será livrado dela." Jeremias 30:7. Poucos fiéis TS3 201 2 Nem todos neste mundo tomaram o partido dos inimigos de Deus. Nem todos se tornaram desleais. Uns poucos existem que são fiéis a Deus; pois escreve João: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Logo será travada a violenta luta entre os que servem a Deus e os que O não servem. Logo tudo que pode ser abalado sê-lo-á, para que permaneçam as coisas que não podem ser abaladas. TS3 201 3 Satanás é diligente estudante da Bíblia. Sabe que seu tempo é curto e procura em todos os pontos opor-se à obra do Senhor na Terra. É impossível dar qualquer idéia da experiência do povo de Deus que estará vivo sobre a Terra quando a glória celestial e a repetição das perseguições do passado se juntarem. Eles andarão na luz que procede do trono de Deus. Por meio dos anjos haverá constante comunicação entre o Céu e a Terra. E Satanás, rodeado de anjos maus, e declarando-se Deus, operará milagres de todas as espécies, para enganar, se possível, os próprios eleitos. O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres; pois Satanás imitará os milagres que forem operados. O provado e experimentado povo de Deus, encontrará seu poder no sinal de que fala Êxodo 31:12-18. Hão de postar-se do lado da palavra viva: "Está escrito." Mateus 4:4. Esta é a única base sobre que poderão estar seguros. Os que quebraram o seu concerto com Deus estarão naquele dia sem Deus e sem esperança. TS3 201 4 Os adoradores de Deus serão distinguidos especialmente pelo respeito em que têm o quarto mandamento, visto ser esse o sinal do poder criador de Deus e a testemunha do Seu direito de reclamar a reverência e a homenagem do homem. Os ímpios serão distinguidos pelos seus esforços para demolir o monumento comemorativo do Criador e exaltar a instituição de Roma. Na conclusão do conflito toda a cristandade ficará dividida em dois grandes grupos: Os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, e os que adoram a besta e sua imagem e recebem o seu sinal. Embora Igreja e Estado unam o seu poder para obrigar a todos, "pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos", a que recebam o sinal da besta, o povo de Deus não o receberá. Apocalipse 13:16. O profeta de Patmos contempla "os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, ... e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2, 3. TS3 202 1 Tremendas provas e aflições aguardam ao povo de Deus. O espírito de guerra está incitando as nações de um a outro canto da Terra. Mas em meio ao tempo de angústia que está para vir -- tempo de angústia qual nunca houve desde que existe nação -- o povo escolhido de Deus ficará inabalável. Satanás e seu exército não os poderá destruir; pois anjos magníficos em poder protegê-los-ão. Os juízos de Deus TS3 202 2 O Senhor está retirando da Terra Suas restrições e breve haverá morte e destruição, crescente criminalidade, e cruéis e maus intentos contra os ricos, os quais se exaltaram contra os pobres. Os que estão sem a proteção de Deus não encontrarão segurança em lugar nenhum nem em posição alguma. Os agentes humanos estão-se preparando e usando sua faculdade inventiva para fazer funcionar o mais poderoso aparelhamento para ferir e matar. -- Testimonies for the Church 8:50 (1904). TS3 202 3 Em breve graves perplexidades afligirão as nações, perplexidades que não cessarão até Jesus voltar. Como nunca dantes precisamos unir-nos servindo Aquele que preparou o Seu trono nos Céus, e cujo reino se sobrepõe a todos os demais. Deus não esqueceu o Seu povo, e nossa fortaleza consiste em não esquecê-Lo a Ele. TS3 202 4 Os juízos de Deus estão sobre a Terra. As guerras e rumores de guerras, e destruição pelo fogo e inundações, revelam claramente que o tempo de tribulação que deve aumentar até ao fim, está bem próximo. -- The Review and Herald, 24 de Novembro de 1904. Uma geração eleita TS3 202 5 A palavra de Deus para Seu povo é: "Saí do meio deles, e apartai-vos, ... e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas." 2 Coríntios 6:17, 18. "Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis a virtude dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:9. O povo de Deus deve distinguir-se como um povo que se dedica inteiramente, de todo o coração, ao Seu serviço, não buscando honra para si mesmo, e lembrando-se de que por um concerto soleníssimo, se comprometeram a servir ao Senhor, e a Ele somente. TS3 203 1 "Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: Tu pois fala aos filhos de Israel, dizendo: Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica. TS3 203 2 Portanto guardareis o sábado, porque santo é para vós; aquele que o profanar certamente morrerá; porque qualquer que nele fizer alguma obra, aquela alma será extirpada do meio do seu povo. Seis dias se fará obra, porém o sétimo dia é o sábado de descanso, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer obra, certamente morrerá. Guardarão pois o sábado os filhos de Israel, celebrando o sábado nas suas gerações por concerto perpétuo. Entre Mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, e ao sétimo dia descansou, e restaurou-Se." Êxodo 31:12-17. TS3 203 3 Não nos assinalam essas palavras como o povo denominado por Deus? e não nos declaram elas que enquanto durar o tempo devemos saber avaliar a sagrada distinção denominacional que nos é conferida? Os filhos de Israel deveriam observar o sábado através de suas gerações "por concerto perpétuo". Êxodo 31:16. O sábado não perdeu nada de sua significação. É ainda o sinal entre Deus e Seu povo, e sê-lo-á para sempre. -- Testimonies for the Church 9:17, 18 (1909). ------------------------Capítulo 54 -- Chamados para ser testemunhas TS3 203 4 Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção. TS3 203 5 As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas, para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser nossa obra. O mundo precisa ser advertido, e o povo de Deus deve ser fiel ao legado que se lhe confiou. Não se devem eles empenhar em especulações, nem entrar em empresas comerciais com incrédulos; pois isso os estorvará de fazer a obra que Deus lhes confiou. TS3 204 1 De Seu povo, diz Cristo: "Vós sois a luz do mundo." Mateus 5:14. Não é questão de pouca importância o terem-nos sido revelados tão claramente os conselhos e planos de Deus. Admirável privilégio é ser capaz de compreender a vontade de Deus tal como é revelada na segura palavra dos profetas. Isto põe sobre nós pesada responsabilidade. Deus espera que comuniquemos aos outros o conhecimento que nos deu. É Seu propósito que as agências divinas e humanas se unam na proclamação da mensagem de advertência. Cada pessoa é um vigia TS3 204 2 Na extensão em que alcançam as suas oportunidades, todo que recebeu a luz da verdade está sob a mesma responsabilidade que pesava sobre o profeta de Israel, ao qual veio a palavra: "A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá o ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." Ezequiel 33:7-9. TS3 204 3 Deveremos esperar até que se cumpram as profecias do fim, antes de dizermos alguma coisa a seu respeito? Que valor terão nossas palavras então? Deveremos esperar até que os juízos de Deus caiam sobre o transgressor antes que lhe digamos como evitá-los? Que é de nossa fé na Palavra de Deus? Teremos que ver as coisas preditas se realizarem, antes que acreditemos o que Ele diz? Em raios claros e distintos tem-nos vindo iluminação, mostrando-nos que o grande dia do Senhor está bem perto, "próximo, às portas". Leiamos e compreendamos antes de ser tarde demais. TS3 204 4 Devemos ser consagrados condutos através dos quais a vida celeste flua para outros. O Espírito Santo deve animar e encher toda a igreja, purificando e unindo os corações. Os que foram sepultados com Cristo no batismo devem erguer-se para novidade de vida, dando uma demonstração viva da vida de Cristo. Sobre nós está colocado um sagrado encargo. Foi-nos dada a comissão: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; instruindo-os a observar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Mateus 28:19, 20. Estais consagrados para a obra de tornar conhecido o evangelho da salvação. A perfeição celeste deve ser vosso poder. Vida santa TS3 205 1 Não é somente pregando a verdade, ou distribuindo literatura, que devemos ser testemunhas de Deus. Lembremo-nos de que uma vida semelhante à de Cristo é o mais poderoso argumento que pode ser apresentado em favor do cristianismo, e que o cristão que não é fiel à sua profissão causa mais dano ao mundo do que um mundano. Nem todos os livros escritos poderiam substituir uma vida santa. Os homens acreditarão, não o que o ministro pregue, mas o que a igreja pratique em sua vida. Com excessiva freqüência a influência do sermão pregado do púlpito é anulada pelo sermão feito na vida dos que professam ser partidários da verdade. TS3 205 2 É desígnio de Deus que Seu povo O glorifique perante o mundo. Ele espera que aqueles que usam o nome de Cristo O representem em pensamento, palavra e ação. Seus pensamentos devem ser puros, e nobres as suas palavras, de molde a elevar e conduzir os que os cercam para mais perto do Salvador. Tudo quanto fazem e dizem deve achar-se impregnado da religião de Cristo. Até suas transações comerciais devem recender o aroma da presença de Deus. TS3 205 3 O pecado é coisa odiosa. Manchou a beleza moral de grande número de anjos. Penetrou em nosso mundo, quase obliterando a imagem moral de Deus no homem. Mas por Seu grande amor, Deus proveu um meio pelo qual pudesse o homem reaver a posição de que caíra ao ceder ao tentador. Cristo veio para colocar-Se à frente da humanidade, a fim de conseguir em nosso favor caráter perfeito. Os que O recebem nascem de novo. TS3 205 4 Devido à operação do fantástico desenvolvimento do pecado, Cristo viu a humanidade possuída pelo príncipe das potestades do ar e empregando força gigantesca em façanhas malignas. Viu também que um poder maior enfrentaria e venceria Satanás. "Agora é o juízo deste mundo"; disse Ele, "agora será expulso o príncipe deste mundo." João 12:31. Viu Ele que se os seres humanos nEle cressem, receberiam poder contra as hostes de anjos caídos, cujo nome é legião. Cristo fortaleceu a alma com o pensamento de que pelo maravilhoso sacrifício que estava para fazer, o príncipe deste mundo seria lançado fora, e homens e mulheres seriam colocados num lugar onde, pela graça de Deus, poderiam reaver o que haviam perdido. TS3 205 5 A vida que Cristo viveu neste mundo podem também viver os homens e mulheres, por meio do Seu poder e sob Suas instruções. Em seu conflito com Satanás podem eles receber todo auxílio que Cristo tinha. Poderão ser mais do que vencedores por Aquele que os amou e por eles Se entregou. TS3 206 1 A vida dos professos cristãos que não vivem a vida de Cristo é um escárnio para a religião. Todo aquele cujo nome está registrado no livro da igreja, está sob a obrigação de representar a Cristo, revelando o adorno interior de um espírito manso e quieto. Deve ser testemunha Sua, tornando conhecidas as vantagens de andar e trabalhar segundo o exemplo de Cristo. A verdade para este tempo deve aparecer em seu poder na vida dos que crêem nela e ser comunicada ao mundo. Os crentes devem apresentar na própria vida o seu poder de santificar e enobrecer. Representantes de Cristo TS3 206 2 Os habitantes do Universo celeste esperam que os seguidores de Cristo resplandeçam como luzes no mundo. Devem mostrar o poder da graça para cuja concessão aos homens Cristo morreu. Deus espera que os que professam ser cristãos revelem em sua vida o mais alto desenvolvimento do cristianismo. São reconhecidos representantes de Cristo, e devem mostrar ser o cristianismo uma realidade. Devem ser homens de fé, homens de ânimo, homens de alma sã que, sem questionar, confiem em Deus e em Suas promessas. TS3 206 3 Todos os que quiserem entrar na cidade de Deus têm que, durante sua vida terrestre, representar a Cristo em seu procedimento. Isto é o que os torna mensageiros de Cristo, Suas testemunhas. Devem apresentar um claro, positivo testemunho contra todas as más práticas, apontando aos pecadores o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. A todos os que O recebem, dá Ele poder para tornarem-se filhos de Deus. A regeneração é o único caminho pelo qual podemos entrar na cidade de Deus. É apertado, e estreita a porta pela qual ali se entra, mas para ela devemos guiar homens, mulheres e crianças, ensinando-lhes que para serem salvos precisam de coração novo e novo espírito. Os velhos, hereditários traços de caráter têm que ser vencidos. Os desejos naturais da alma têm que transformar-se. Todo engano, toda falsidade, toda maledicência têm que ser postos de lado. A vida nova, que torna semelhantes a Cristo homens e mulheres, é que deve ser vivida. Firme adesão à verdade TS3 206 4 Não deve haver pretensão na vida dos que têm mensagens tão sagradas e solenes como as que fomos chamados a proclamar. O mundo está observando os adventistas do sétimo dia porque sabe alguma coisa da sua profissão de fé e da elevada norma que adotam; e quando vê os que não vivem à altura de sua profissão, aponta-os com escárnio. TS3 206 5 Quem ama a Jesus há de pôr tudo que há em sua vida em harmonia com a vontade dEle. Escolheram o lado do Senhor, e sua vida deve destacar-se em vívido contraste com a vida dos mundanos. A eles irá o tentador com suas lisonjas e persuasões, dizendo: "Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares." Mateus 4:9. Eles, porém, sabem que ele nada tem que mereça ser recebido, e recusam-se a ceder a suas tentações. Pela graça de Deus acham-se capacitados para guardar incontaminada sua pureza de princípios. Santos anjos estão bem junto ao seu lado, e Cristo é revelado em sua firme adesão à verdade. São soldados de Cristo, sempre prontos para qualquer obra, e dando, como testemunhas fiéis, testemunho decidido em favor da verdade. Demonstram que existe um poder espiritual que habilita homens e mulheres a não se afastarem uma polegada da verdade e justiça, mesmo que em troca se lhes ofereçam todos os dons de que são capazes os homens. Esses, onde quer que estejam, serão honrados pelo Céu, porque conformaram a vida com a vontade de Deus, não lhes importando os sacrifícios que fossem chamados a fazer. Mensagem mundial TS3 207 1 A luz que Deus concedeu ao Seu povo não deve ser encerrada dentro das igrejas que já conhecem a verdade. Deve ser disseminada para os lugares escuros da Terra. Os que andam na luz como Cristo na luz está, cooperarão com o Salvador revelando a outros o que Ele lhes revelou. É propósito de Deus que a verdade para este tempo seja revelada a toda tribo, e nação, e língua, e povo. Homens e mulheres no mundo hoje acham-se absortos na caça de ganho mundano e de mundano prazer. Há milhares de milhares que não dedicam tempo nem pensamentos à salvação da alma. Chegado é o tempo em que a mensagem da breve volta de Cristo deve soar através do mundo. TS3 207 2 Evidências inequívocas mostram a proximidade do fim. A advertência deve ser dada em tons distintos. Tem que ser preparado o caminho para a vinda do Príncipe da Paz nas nuvens do céu. Muito há para fazer nas cidades que não ouviram ainda a verdade para este tempo. Não devemos estabelecer instituições com o fim de fazê-las rivalizar em proporções e esplendor com as instituições do mundo; mas em nome do Senhor, com a incansável perseverança e o constante zelo que Cristo punha em Seus trabalhos, cumpre-nos levar avante a obra do Senhor. TS3 207 3 Como povo, grandemente precisamos humilhar o coração perante Deus, rogando-Lhe o perdão pela nossa negligência no cumprimento da comissão evangélica. Estabelecemos grandes centros em alguns poucos lugares, deixando por trabalhar muitas cidades importantes. Assumamos agora o trabalho que nos é designado, e proclamemos a mensagem que há de despertar homens e mulheres, levando-os a reconhecer seu perigo. Se cada adventista do sétimo dia houvesse feito o trabalho que lhe foi confiado, o número de crentes seria hoje muito maior do que é. Em todas as cidades da América [do Norte], haveria os que tivessem sido levados a tomar a sério a mensagem de obedecer à lei de Deus. TS3 208 1 Nalguns lugares a mensagem acerca da observância do sábado foi exposta com clareza e vigor, ao passo que outros foram deixados sem advertência. Não despertarão os que conhecem a verdade, reconhecendo as responsabilidades que sobre ele repousam? Meus irmãos, não podeis correr o risco de sepultar-vos em empresas ou interesses mundanos. Não podeis correr o risco de negligenciar a comissão que vos deu o Salvador. TS3 208 2 Tudo que há no Universo apela aos que conhecem a verdade a consagrarem-se sem reservas à proclamação da mesma, tal como lhes foi revelada na mensagem do terceiro anjo. Aquilo que vemos e ouvimos nos conclama ao dever. A operação de agentes satânicos convoca todo cristão a permanecer em seu posto. A espécie de obreiros de que se precisa TS3 208 3 A obra que nos foi confiada é importante, e nela se precisam homens sábios, abnegados, homens que compreendam o que significa dedicar-se a desinteressados esforços para salvar almas. Mas não há necessidade do serviço de homens mornos; pois homens tais Cristo não pode usar. Necessitam-se homens e mulheres cujo coração se comova ante o sofrimento humano e cuja vida dê prova de que estão recebendo e comunicando luz, vida e graça. TS3 208 4 O povo de Deus deve aproximar-se bem de Cristo, em abnegação e sacrifício, tendo como único alvo dar a todo o mundo a mensagem de misericórdia. Alguns trabalharão de um modo, e outros doutro, conforme o Senhor os chamar e guiar. Mas devem todos lutar juntos, procurar fazer do trabalho uma unidade perfeita. Pela pena e pela viva voz devem trabalhar para Deus. A palavra da verdade, impressa, deve ser traduzida para diferentes línguas e levada aos confins da Terra. TS3 208 5 Meu coração muitas vezes fica sobrecarregado porque tantos que poderiam trabalhar nada fazem. São o joguete das tentações de Satanás. De todo membro de igreja que possui conhecimento da verdade se espera que trabalhe enquanto é dia; porque vem a noite, quando ninguém poderá trabalhar. Em breve haveremos de compreender o que significa essa noite. O Espírito de Deus está sendo agravado a ponto de estar-Se retirando da Terra. As nações estão iradas umas contra as outras. Vastos preparativos de guerra estão sendo feitos. A noite está às portas. Desperte a igreja e ponha-se a cumprir a obra que lhe foi confiada. Todo crente, instruído ou iletrado, pode levar a mensagem. TS3 209 1 Estende-se perante nós a eternidade. A cortina está para ser corrida. Em que estamos pensando, para que assim nos apeguemos ao nosso amor egoísta da comodidade, enquanto por toda parte ao nosso redor almas estão a perecer? Ficou-nos completamente calejado o coração? Não podemos ver nem compreender que temos uma obra para fazer em favor de outros? Irmãos e irmãs, estais entre os que, tendo olhos, não vêem, e tendo ouvidos, não ouvem? Foi em vão que Deus vos deu o conhecimento de Sua vontade? Foi em vão que Ele vos enviou advertência após advertência da proximidade do fim? Acreditais as declarações de Sua palavra acerca do que está para sobrevir ao mundo? Acreditais que os juízos de Deus impendem sobre os habitantes da Terra? Como, então, podeis ficar de braços cruzados, descuidosos e indiferentes? TS3 209 2 Cada dia que passa nos leva mais perto do fim. Leva-nos, também, para perto de Deus? Estamos vigilantes em oração? As pessoas com quem nos associamos dia a dia precisam de nosso auxílio, nossa guia. Podem estar em tal estado de espírito que uma palavra oportuna lhes seria pelo Espírito Santo ao coração como um prego em lugar firme. Amanhã talvez algumas dessas estejam onde nunca mais as possamos alcançar. Qual é a nossa influência sobre esses companheiros de jornada? Que esforço fazemos para ganhá-los para Cristo? TS3 209 3 O tempo é breve, e nossas forças têm que ser organizadas para produzirem uma obra maior. Precisam-se obreiros que compreendam a grandeza do trabalho, e nele se empenhem, não por amor do salário que recebem, mas por saberem da proximidade do fim. O tempo demanda maior eficiência e mais profunda consagração. Oh! estou tão preocupada com esse assunto que clamo a Deus: "Suscita e envia mensageiros possuídos do sentimento de responsabilidade, mensageiros em cujo coração tenha sido crucificada a idolatria do próprio eu, que jaz no fundamento de todo pecado." Cena impressionante TS3 209 4 Nas visões da noite passou diante de mim uma cena muito impressiva. Vi uma imensa bola de fogo cair no meio de algumas lindas habitações, destruindo-as imediatamente. Ouvi alguns dizerem: "Sabíamos que os juízos de Deus sobreviriam à Terra, mas não sabíamos que viriam tão cedo." Outros, com acentos de voz cheios de agonia, diziam: "Os senhores sabiam! Por que, então, não nos disseram? Nós não sabíamos." Por toda parte ouvi pronunciarem-se semelhantes palavras de acusação. TS3 209 5 Acordei muito aflita. Adormeci de novo, e pareceu-me estar numa grande reunião. Uma pessoa de autoridade falava à congregação, e perante ela se achava um mapa-múndi. Disse que o mapa retratava a vinha do Senhor, que tem que ser cultivada. Quando a luz do Céu incidisse sobre qualquer pessoa, esta deveria refleti-la sobre outras. Luzes deveriam ser acesas em muitos lugares, e nessas luzes outras ainda deveriam ser acesas. TS3 210 1 Foram repetidas as palavras: "Vós sois o sal da Terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus." Mateus 5:13-16. TS3 210 2 Vi raios de luz provindo de cidades e vilas, dos lugares altos e baixos da Terra. A Palavra de Deus era obedecida, e em resultado se achavam em cada cidade e vila monumentos Seus. Sua verdade era proclamada através de todo o mundo. TS3 210 3 Então foi removido esse mapa, e colocado outro em seu lugar. Nesse a luz brilhava em poucos lugares apenas. O restante do mundo estava em trevas, havendo unicamente uns lampejos de luz aqui e ali. Disse o nosso Instrutor: "Esta escuridão é conseqüência de seguirem os homens o seu próprio caminho. Abrigaram hereditárias e cultivadas tendências para o mal. Tornaram as dúvidas, as murmurações e acusações a principal preocupação de sua vida. Seu coração não está reto para com Deus. Esconderam debaixo do alqueire a sua luz." TS3 210 4 Se todo soldado de Cristo houvesse cumprido seu dever, se todo vigia nos muros de Sião houvesse dado à trombeta um sonido certo, o mundo poderia ter ouvido a mensagem de advertência. Mas a obra está com anos de atraso. Enquanto os homens têm dormido, Satanás se nos tem adiantado furtivamente. TS3 210 5 Pondo em Deus nossa confiança, devemos avançar constantemente, fazendo Sua obra com abnegação, com humilde confiança nEle, submetendo-nos, e ao nosso presente e futuro a Sua sábia providência, conservando firme o princípio de nossa confiança até ao fim, lembrando que não é pelos nossos merecimentos que recebemos as bênçãos do Céu, mas pelos merecimentos de Cristo e por nossa aceitação, pela fé nEle, da abundante graça de Deus. ------------------------Capítulo 55 -- Atividade missionária TS3 211 1 Cristo aceita -- oh! com que prazer! -- todo agente humano que a Ele se renda. Leva o humano em união com o divino, para que possa comunicar ao mundo os mistérios do amor encarnado. Falai sobre a mensagem de Sua verdade, orai por ela, cantai-a, enchei dela o mundo, e prossegui avançando para as regiões longínquas. TS3 211 2 Seres celestiais desejam cooperar com os instrumentos humanos para que revelem ao mundo no que as pessoas podem ser transformadas, e o que, por sua influência, realizarão para salvar as almas prestes a perecer. Aquele que está convertido de fato, estará tão cheio do amor de Deus que almejará comunicar a outros a alegria que ele próprio possui. O Senhor deseja que Sua igreja revele ao mundo a beleza da santidade. Ela deve demonstrar o poder da religião cristã. O Céu deve refletir-se no caráter dos cristãos. O cântico de gratidão e louvor deve ser ouvido pelos que se acham em trevas. Pelas boas novas do evangelho, por suas promessas e certezas, devemos exprimir nossa gratidão, procurando fazer bem aos outros. A realização dessa obra trará raios de celeste justiça a almas cansadas, perplexas e sofredoras. É como que uma fonte para o viajante cansado e sedento. A cada obra de misericórdia, cada ato de amor, acham-se presentes anjos de Deus. Nosso exemplo TS3 211 3 A obra de Cristo deve ser nosso exemplo. Ele andava continuamente fazendo o bem. No templo e nas sinagogas, nas ruas das cidades, nas praças e nas oficinas, na praia e na encosta dos montes, pregava o evangelho e curava os doentes. Sua vida foi de serviço desinteressado, e nos deve servir de modelo. Seu terno e compassivo amor constitui-nos uma censura ao egoísmo e falta de coração. TS3 211 4 Aonde quer que Cristo fosse, espalhava bênçãos em Seu caminho. Quantos dos que professam crer nEle aprenderam Suas lições de bondade, terna compaixão, amor abnegado? Escutai-Lhe a voz falando aos fracos, aos cansados, aos desamparados: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Não Se cansava Sua paciência, não reprimia o Seu amor. TS3 211 5 Cristo nos pede que trabalhemos paciente e perseverantemente pelos milhares que estão a perecer em seus pecados, espalhados por todas as terras, como náufragos em praia deserta. Os que participam da glória de Cristo devem também partilhar de Seu ministério, ajudando o fraco, o infeliz e o desalentado. TS3 212 1 Que os que assumem este trabalho façam da vida de Cristo seu estudo constante. Sejam intensamente fervorosos, empregando no serviço do Senhor todas as habilidades. Preciosos resultados seguir-se-ão ao esforço sincero, abnegado. Do grande Mestre receberão os obreiros a mais alta de todas as educações. Mas os que não comunicam a luz que receberam, reconhecerão um dia que sofreram tremenda perda. TS3 212 2 Os seres humanos não têm o direito de julgar que exista limite aos esforços que devem empenhar na obra da salvação de almas. Cansou-Se jamais Cristo em Sua obra? Alguma vez recuou diante de sacrifícios e dificuldades? Os membros da igreja devem pôr em ação os contínuos, perseverantes esforços que Ele fazia. Devem estar sempre prontos para entrar imediatamente em ação, em obediência às ordens do Mestre. Onde quer que vejamos trabalho por fazer, devemos lançar-nos a ele e executá-lo, olhando constantemente para Jesus. Se nossos membros de igreja levarem a sério esta instrução, centenas de almas serão ganhas para Jesus. Se cada membro fosse um missionário vivo, o evangelho seria rapidamente proclamado em todos os países, a todos os povos, nações e línguas. O resultado do esforço sincero TS3 212 3 Ponha-se santificada habilidade na obra da proclamação da verdade para este tempo. Se as forças do inimigo alcançarem a vitória agora, será porque as igrejas negligenciam a obra que Deus lhes confiou. Por anos tem-nos sido apresentada a obra, mas muitos estiveram a dormir. Se os adventistas do sétimo dia despertarem agora e fizerem a obra que lhes foi designada, a verdade, de modo claro, distinto e no poder do Espírito Santo, será apresentada às nossas cidades negligenciadas. TS3 212 4 Quando se realizar trabalho de todo o coração, ver-se-á a eficácia da graça de Cristo. Os vigias dos muros de Sião devem estar bem despertos, e despertar outros. O povo de Deus deve ser tão fervoroso e fiel em seu trabalho para Ele, que todo egoísmo se ache apartado de sua vida. Seus obreiros, então, olho a olho verão (Isaías 52:8), e revelar-se-á o braço do Senhor, cujo poder se viu na vida de Cristo. Restaurar-se-á a confiança, e haverá unidade através das fileiras de nossas igrejas. Diferentes áreas de trabalho TS3 212 5 O Senhor está convidando Seu povo para assumir diferentes áreas de trabalho. Os que se acham nos caminhos e valados da vida devem ouvir a mensagem evangélica. Os membros da igreja devem fazer trabalho evangélico no lar de seus vizinhos que não receberam ainda evidência completa da verdade para este tempo. TS3 213 1 Deus pede que famílias cristãs vão para localidades que estão em trevas e erro, e trabalhem sábia e perseverantemente para o Mestre. Para atender a este chamado é mister abnegação. Enquanto muitos esperam que sejam removidos todos os obstáculos, almas estão morrendo sem esperança e sem Deus no mundo. Muitos, muitos mesmo, por amor de mundanas vantagens, por amor de conhecimentos científicos, aventuram-se a penetrar regiões pestíferas, e suportam durezas e privações. Onde se acham os que estão dispostos a fazer o mesmo no intuito de falar a outros acerca do Salvador? Onde os homens e mulheres que se prontifiquem a mudar-se para regiões necessitadas do evangelho, e encaminhar ao Redentor os que andam em trevas? Distribuindo nossas publicações TS3 213 2 Muitos, dentre o povo de Deus, terão que levar nossas publicações a lugares onde a terceira mensagem angélica ainda não foi proclamada. Nossos livros têm que ser publicados em muitas línguas. Homens humildes e fiéis levarão esses livros, como colportores-evangelistas, apresentando a verdade aos que, de outro modo, jamais seriam esclarecidos. Os que se dedicam a esse ramo de trabalho devem sair preparados para fazer trabalho médico-missionário. Devem ser ajudados os doentes e sofredores. Muitos para quem é feita esta obra de misericórdia ouvirão e aceitarão as palavras de vida. ... Trabalho de casa em casa TS3 213 3 Existem em muitos estados colônias de agricultores ricos e laboriosos, que ainda não tiveram a oportunidade de ouvir a verdade para este tempo. Deve-se trabalhar nesses lugares. Que nossos membros leigos empreendam essa parte do serviço. Emprestando ou vendendo livros, distribuindo revistas e dando estudos bíblicos, nossos membros leigos poderão fazer muito em sua vizinhança. Cheios de amor poderão proclamar a mensagem com poder tal que muitos virão a converter-se. TS3 213 4 Dois obreiros bíblicos estavam de visita a uma família. Com a Bíblia aberta diante de si, apresentavam o Senhor Jesus Cristo como o Salvador que perdoa os pecados. Orações sinceras eram apresentadas a Deus, e corações eram abrandados e subjugados pela influência do Espírito de Deus. Suas orações eram pronunciadas com vigor e poder. Ao ser explicada a Palavra de Deus, vi que uma luz suave, radiante iluminava as Escrituras, e eu disse, em voz baixa: "Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a Minha casa se encha." Lucas 14:23. TS3 214 1 A preciosa luz era comunicada de vizinho para vizinho. Altares domésticos que haviam ruído, de novo se ergueram, e muitos se converteram. TS3 214 2 Irmãos e irmãs, dedicai-vos ao Senhor para o serviço. Não permitais que passe oportunidade alguma desaproveitada. Visitai os doentes e sofredores, e manifestai-lhes bondoso interesse. Se possível, fazei alguma coisa para os cercar de mais conforto. Podereis assim conquistar-lhes o coração, e dizer uma palavra em favor de Cristo. TS3 214 3 Somente a eternidade poderá revelar de quanto alcance pode ser esta espécie de trabalho. Outros ramos de utilidade se abrirão perante os que estão dispostos a cumprir o dever que lhes fica mais perto. Não são versados, eloqüentes oradores o de que se precisa agora; mas de homens e mulheres cristãos humildes, que tenham aprendido de Jesus de Nazaré a ser mansos e humildes, e, confiantes em Sua força, saiam pelos caminhos e valados para dar o convite: "Vinde, que já tudo está preparado." Lucas 14:17. TS3 214 4 Os que são entendidos nos ramos agrícolas, no cultivo do solo, os que sabem construir edifícios simples e modestos, poderão ajudar. Podem fazer bom trabalho, e ao mesmo tempo mostrar no caráter o alto padrão que este povo tem o privilégio de alcançar. Que lavradores, financistas, construtores, e os que são hábeis em vários outros ramos, vão a campos negligenciados, para aproveitarem o solo, para estabelecer indústrias, para preparar para si humildes lares e para dar aos vizinhos o conhecimento da verdade para este tempo. Trabalho para mulheres TS3 214 5 Há um vasto campo de serviço para as mulheres, assim como para os homens. A eficiente cozinheira, a costureira, a enfermeira -- de todas é necessário o auxílio. Ensinem-se os membros dos lares pobres a cozinhar, a fazer e consertar sua própria roupa, a tratar dos doentes, a cuidar devidamente do lar. Mesmo as crianças devem ser ensinadas a fazer algum serviço de amor e misericórdia pelos menos afortunados do que elas. O lar, um campo missionário TS3 214 6 Não esqueçam os pais o grande campo missionário que jaz perante eles no lar. O filho confiado por Deus a sua mãe, constitui um sagrado encargo. "Toma este filho, esta filha", diz Deus, "e educa-o para Mim. Forma-lhe caráter polido à semelhança dos palácios, para que possa resplandecer para sempre nas cortes do Senhor." A luz e glória que irradia do trono de Deus repousa sobre a mãe fiel enquanto se esforça por educar os filhos de maneira a resistirem às influências do mal. -- Serviço Cristão, 206. Um lugar para cada um TS3 215 1 Há trabalho diligente para cada par de mãos fazer. Que cada esforço seja uma influência para o reerguimento da humanidade. São tantos os que precisam ser auxiliados! O coração de quem vive, não para agradar a si próprio, mas para ser uma bênção aos que de tão poucas bênçãos desfrutam, fremirá de satisfação. Desperte todo ocioso, e enfrente as realidades da vida! Tomai a Palavra de Deus e pesquisai-lhe as páginas. Se sois praticantes da Palavra, a vida ser-vos-á na verdade uma realidade viva e vereis que a recompensa é abundante. TS3 215 2 O Senhor tem em Seu grande plano um lugar para cada um. Não se concedem talentos que não sejam necessários. Ainda que o talento seja pequeno, Deus para ele tem emprego, e se o empregarmos com fidelidade, executará exatamente a obra para que o Senhor o destinou. Os talentos do humilde habitante de uma choupana são necessitados no trabalho de casa em casa, e podem nesta atividade realizar mais que talentos brilhantes. TS3 215 3 Um milhar de portas de utilidade estão abertas perante nós. Lamentamos os escassos recursos disponíveis atualmente, enquanto nos oprimem várias e urgentes solicitações de meios e homens. Se fôssemos inteiramente fervorosos, mesmo agora poderíamos centuplicar os recursos. O egoísmo e a complacência fecham o caminho. ... TS3 215 4 Mesmo enquanto se dedica à ocupação diária, pode o povo de Deus guiar outros para Cristo. E enquanto isso fazem terão a preciosa segurança de que o Salvador lhes está ao lado. Não precisam pensar que ficam entregues aos seus próprios fracos esforços. Cristo lhes dará palavras para falar, que hão de refrigerar, animar e fortalecer as pobres almas que andam lutando nas trevas. Sua própria fé será fortalecida ao reconhecerem que a promessa do Redentor se está cumprindo. Não só são eles uma bênção para outros, mas também a obra que fazem por Cristo traz bênçãos para eles próprios. TS3 215 5 Muitos há que podem e devem fazer a obra de que falei. Meu irmão, minha irmã, que estás fazendo por Cristo? Estás procurando ser uma bênção para outros? Estão teus lábios pronunciando palavras de bondade, simpatia e amor? Estás empregando esforços sinceros para ganhar outros para o Salvador? O resultado de deixar de trabalhar TS3 215 6 Relativamente pouco trabalho missionário se faz, e qual é o resultado? -- As verdades que Cristo deu não são ensinadas. Muitos dentre o povo de Deus não estão crescendo em graça. Muitos estão com disposição de espírito desagradável e queixosa. Os que não estão ajudando outros a reconhecerem a importância da verdade para este tempo, têm que sentir-se mal satisfeitos consigo mesmos. Satanás tira proveito deste aspecto de sua experiência e leva-os a criticar e queixar-se. Se estivessem ativamente empenhados em procurar saber e cumprir a vontade de Deus, sentiriam tal peso pelas almas a perecer, tal desassossego de espírito, que não poderiam ser estorvados de cumprir a comissão: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Marcos 16:15. Apelo em favor de esforço incansável TS3 216 1 O Senhor convida Seu povo para despertar do sono. O fim de todas as coisas está às portas. Quando os que conhecem a verdade forem cooperadores de Deus, aparecerão os frutos da justiça. Pela revelação do amor de Deus no esforço missionário, muitos serão despertados e levados a reconhecer a malignidade de seu procedimento. Verão que no passado seu egoísmo os desqualificou para serem cooperadores de Deus. A exibição do amor de Deus que se vê no abnegado ministério em favor dos outros, será o meio de levar muitas almas a acreditar na Palavra de Deus tal qual ela reza. TS3 216 2 Deus deseja refrigerar Seu povo pelo dom do Espírito Santo, batizando-os de novo com Seu amor. Não há necessidade de haver escassez do Espírito na igreja. Depois da ascensão de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, que com fé e oração O estavam esperando, e desceu com plenitude e poder tais que atingiu todos os corações. Futuramente a Terra há de ser iluminada com a glória de Deus. Santa influência há de irradiar para o mundo, procedente dos que são santificados pela verdade. A Terra há de ser circundada de uma atmosfera de graça. O Espírito Santo há de operar em corações humanos, revelando aos homens as coisas de Deus. TS3 216 3 Grande erro é introduzir a verdade num lugar, e depois faltar o ânimo, a energia e o tato para a prossecução, pois o trabalho é deixado sem aquele esforço completo e perseverante que é absolutamente necessário nesses lugares. Se existir dificuldade e surgir oposição, há uma retirada covarde, em vez do recurso a Deus com jejum, oração e pranto, e pela fé, apego à fonte de luz, capacidade e fortaleza até que as nuvens se desfaçam e se disperse a escuridão. A fé é fortalecida por entrar em conflito com as dúvidas e influências opostas. A experiência alcançada nessas provas é de maior valor que as jóias mais preciosas. -- Testimonies for the Church 3:555 (1875). ------------------------Capítulo 56 -- Necessidade de esforço fervoroso TS3 217 1 No poder do Espírito devem os servos, escolhidos por Cristo, dar testemunho de seu Guia. O anelante anseio do Salvador pela salvação dos pecadores, deve assinalar-lhes todos os esforços. Por vozes humanas deve ser proclamado e soar através do mundo o gracioso convite feito primeiro por Cristo: "Quem quiser, tome de graça da água da vida." Apocalipse 22:17. A igreja deve dizer: "Vem." Todos os seus talentos devem estar empenhados ativamente no lado de Cristo. Os seguidores de Cristo devem combinar-se num grande esforço por chamar a atenção do mundo para as profecias da Palavra de Deus, que se cumprem rapidamente. A incredulidade e o espiritismo estão-se firmando no mundo. Hão de ficar agora frios e descrentes aqueles a quem foi concedida grande luz? TS3 217 2 Estamos mesmo no limiar do tempo de angústia, e acham-se diante de nós perplexidades com que dificilmente sonhamos. Um poder de baixo está levando os homens a guerrear contra o Céu. Os seres humanos confederaram-se com agentes satânicos para anular a lei de Deus. Os habitantes do mundo rapidamente se vão tornando como os do tempo de Noé, que foram exterminados pelo dilúvio, e como os de Sodoma, que foram consumidos por fogo que caiu do céu. Os poderes de Satanás estão a trabalhar para conservar o espírito dos homens alheio às realidades eternas. O inimigo dispôs as coisas de maneira que servissem aos seus propósitos. Atividades mundanas, esportes, as modas da época -- são coisas que ocupam o espírito dos homens e mulheres. Diversões e leituras inúteis corrompem o juízo. Na estrada larga que leva à ruína eterna anda um cortejo longo. O mundo, cheio de violência, festas e bebedice, está pervertendo a igreja. A lei de Deus, o divino padrão de justiça, é considerada de nenhum efeito. TS3 217 3 Neste tempo -- tempo de alarmante iniqüidade -- uma nova vida, provinda da Fonte de toda a vida, deve tomar posse dos que têm no coração o amor de Deus, e devem eles sair a proclamar com poder a mensagem de um Salvador crucificado e ressurgido. Devem fazer esforços fervorosos, incansáveis, para salvar almas. Seu exemplo deve ser de molde a exercer influência eficaz para o bem, naqueles que os rodeiam. Devem ter por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus nosso Senhor. TS3 218 1 Intenso fervor deve agora tomar posse de nós. Nossas energias adormecidas devem ser despertadas e dedicadas a esforços incansáveis. Obreiros consagrados devem sair ao campo, preparando a estrada para o Rei, e alcançando vitórias em lugares novos. Meu irmão, minha irmã, porventura não tem para vós significação alguma a circunstância de que todos os dias estão descendo à sepultura sem ser advertidas nem estar salvas, almas ignorantes da necessidade de vida eterna e da expiação que por elas fez o Salvador? Não significa para vós nada que em breve o mundo tenha que dar satisfações a Jeová por Sua lei violada? Anjos celestiais maravilham-se de que os que há tantos anos possuem a luz, não levaram ainda a tocha da verdade aos lugares escuros da Terra. TS3 218 2 O infinito valor do sacrifício requerido para a nossa redenção revela que o pecado é um mal tremendo. Deus poderia haver apagado da criação essa mancha abominável, varrendo de sobre a face da Terra o pecador. Mas Ele "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Por que, então, não somos mais fervorosos? Por que está ocioso um tão grande número de pessoas? Por que não estão todos os que professam amar a Deus, procurando iluminar seus vizinhos e companheiros, para que não negligenciem por mais tempo tão grande salvação? Falta de simpatia TS3 218 3 Entre os professos cristãos de hoje há tremenda falta de simpatia que deveria ser sentida pelas almas por salvar. A menos que nos pulse o coração em uníssono com o de Cristo, como podemos compreender a santidade e importância da obra para a qual somos chamados pelas palavras que mandam velar pelas almas "como aqueles que hão de dar conta delas"? Falamos em missões cristãs. Ouve-se o som de nossas vozes; sentimos, porém, os compassivos anelos do coração de Cristo pelas almas? ... TS3 218 4 De todos os países soa o clamor macedônico: "Passa e ajuda-nos!" Atos dos Apóstolos 16:9. Deus tem aberto campos perante nós, e se os agentes humanos tão-somente cooperassem com os divinos, muitas, muitas almas seriam ganhas para a verdade. Mas o professo povo do Senhor tem estado a dormir junto ao trabalho que lhe foi designado, e em muitos lugares permanece relativamente intato. Deus tem enviado mensagens após mensagens para despertar nosso povo a fim de fazerem alguma coisa, e fazerem-na agora. Mas ao chamado: "A quem enviarei?" poucos tem havido que respondessem: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. TS3 219 1 Quando a ignomínia da indolência e preguiça tiver sido afastada da igreja, o Espírito do Senhor Se manifestará graciosamente. Revelar-se-á o poder divino. A igreja verá a providencial operação do Senhor dos Exércitos. A luz da verdade brilhará em raios claros, fortes, e, como no tempo dos apóstolos, muitas almas volverão do erro para a verdade. A Terra será iluminada com a glória do Senhor. TS3 219 2 Os anjos celestiais têm esperado longamente que os agentes humanos -- os membros da igreja -- com eles cooperem na grande obra a ser feita. Eles estão esperando por ti. Tão vasto é o campo, tão compreensivo o desígnio, que todo coração santificado será levado para o serviço, como instrumento do poder divino. TS3 219 3 Ao mesmo tempo haverá um poder atuando de baixo. Enquanto os divinos agentes de misericórdia trabalham por meio de consagrados seres humanos, Satanás põe em operação as suas agências, pondo sob tributo todos os que se submeterem ao seu controle. Haverá muitos senhores e deuses muitos. Ouvir-se-á o clamor: "Eis aqui o Cristo", e "Ei-Lo ali". Mateus 25:20. Por toda parte será vista a profunda conspiração de Satanás, com o propósito de distrair do dever presente a atenção de homens e mulheres. Haverá sinais e maravilhas. Mas os olhos da fé discernirão em todas essas manifestações prenúncios do grandioso e tremendo futuro, e dos triunfos que esperam o povo de Deus. TS3 219 4 Trabalhai, oh! trabalhai, tendo em vista a eternidade! Tende presente que todas as faculdades têm que estar santificadas. Uma grande obra tem que ser feita. Saia de lábios sinceros a prece: "Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe, e faça resplandecer o Seu rosto sobre nós. Para que se conheça na Terra o Teu caminho, e em todas as nações a Tua salvação." Salmos 67:1, 2. TS3 219 5 Os que reconhecem, em proporção limitada que seja, o que significa a redenção para si e para seus semelhantes, andarão pela fé, e compreenderão em certa medida as vastas necessidades da humanidade. Seu coração será movido de compaixão ao verem a grande miséria de nosso mundo -- a miséria das multidões que sofrem privações de alimento e roupa, e a miséria moral de milhares que se acham sob as sombras de uma terrível condenação, em comparação com a qual o sofrimento físico se reduz a nada. TS3 219 6 Tenham presente os membros da igreja que o fato de se acharem os seus nomes nos livros da igreja não os salvará. Devem mostrar-se aprovados por Deus, obreiros que não têm de que se envergonhar. Dia a dia devem formar o seu caráter de acordo com as instruções de Cristo. Devem permanecer nEle, exercendo constantemente fé nEle. Assim crescerão até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo -- cristãos sadios, animosos e gratos, guiados por Deus para a luz cada vez mais clara. Se assim não for, achar-se-ão entre os que um dia proferirão a amarga lamentação: "Passou a sega, findou o verão, e minha alma não está salva! Jeremias 8:20. Por que não me refugiei na Fortaleza? Por que brinquei com a salvação de minha alma e fiz agravo ao Espírito da graça?" TS3 220 1 "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito." Sofonias 1:14. Tenhamos calçados os pés com os sapatos do evangelho, prontos para marchar imediatamente à primeira ordem. Cada hora, cada minuto, é precioso. Não temos tempo para gastar com a satisfação dos nossos próprios desejos. Ao nosso redor há almas que perecem em pecado. Cada dia há alguma coisa para fazer por nosso Senhor e Mestre. Cada dia devemos apontar às almas o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. TS3 220 2 "Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis." Mateus 24:44. Ide ao vosso repouso à noite tendo confessado cada pecado. Assim fazíamos quando em 1844 esperávamos encontrar nosso Senhor. E agora esse evento está mais perto do que quando aceitamos a fé. Estai sempre prontos: à noite, de manhã e ao meio-dia, para que, quando se ouvir o clamor: "Aí vem o Esposo, saí-Lhe ao encontro" (Mateus 25:6), possais, mesmo que sejais despertados do sono, ir-Lhe ao encontro com as lâmpadas espevitadas e acesas. ------------------------Capítulo 57 -- Nossas publicações TS3 220 3 A grande e maravilhosa obra da última mensagem angélica deve ser levada avante agora como nunca dantes. O mundo deve receber a luz da verdade por meio do ministério evangelizador da Palavra em nossos livros e periódicos. Nossas publicações devem mostrar que o fim de todas as coisas está às portas. Pede-se-me que diga a nossas casas editoras: "Erguei o estandarte. Erguei-o mais alto. Proclamai a terceira mensagem angélica, a fim de que ela seja ouvida por todo o mundo. Fazei ver que 'aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus'. Apocalipse 14:12. Que a nossa literatura proclame a mensagem, como um testemunho para todo o mundo." TS3 221 1 Nossos obreiros devem agora ser animados a dar a sua primeira atenção aos livros que tratem das evidências de nossa fé -- livros que ensinem as doutrinas da Bíblia e preparem um povo que há de ficar em pé nos tempos decisivos que estão diante de nós. Havendo levado um povo à luz da verdade por meio do trabalho de instruções bíblicas, acompanhado de oração, e mediante o emprego sábio de nossas publicações, devemos ensiná-los a tornar-se obreiros na palavra e na doutrina. Devemos animá-los a espalhar os livros que tratam de assuntos bíblicos -- livros cujos ensinamentos preparem um povo para resistir à prova, tendo cingidos os lombos com a verdade, e acesas as lâmpadas. TS3 221 2 Temos estado por assim dizer a dormir, relativamente à obra que pode ser efetuada pela circulação da literatura bem preparada. Preguemos agora, pelo uso sábio de periódicos e livros, com resoluta energia a Palavra a fim de que o mundo compreenda a mensagem que Cristo deu a João na Ilha de Patmos. Testifique todo ser humano que professa o nome de Cristo: "O fim de todas as coisas está às portas; prepara-te para te encontrares com o teu Deus." Ir a toda parte TS3 221 3 Nossas publicações devem ir a toda parte. Sejam elas editadas em muitas línguas. A terceira mensagem angélica deve ser proclamada por este meio e pelo professor vivo. Vós os que credes a verdade para este tempo, despertai! É vosso dever recolher agora todos os recursos possíveis, para ajudar os que compreendem a verdade, a proclamá-la. Parte do dinheiro que provém da venda de nossas publicações deve ser empregada para aumentar nossas instalações para a produção de mais literatura que abra olhos cegos e lavre o terreno baldio do coração. TS3 221 4 Há o perigo de entrar em comercialismo, e tornar-se tão absorto em negócios mundanos que as verdades da Palavra de Deus em sua pureza e poder não sejam praticadas na vida. O amor do negócio e do ganho está-se tornando cada vez mais predominante. Meus irmãos, seja vossa alma realmente convertida. Se já houve tempo em que precisássemos compreender nossa responsabilidade, é agora esse tempo, quando a verdade anda tropeçando pelas ruas e a eqüidade não pode entrar. Satanás desceu com grande poder, para operar com todo o engano da injustiça para os que perecem; e tudo que pode ser abalado sê-lo-á, e as coisas que não podem ser abaladas permanecerão. TS3 221 5 O Senhor virá muito logo, e estamos no limiar das cenas de calamidade. Agentes satânicos, embora invisíveis, estão a atuar para destruir vidas humanas. Mas se nossa vida se acha escondida com Cristo em Deus, veremos Sua graça e salvação. Cristo virá para estabelecer Seu reino na Terra. Seja santificada a nossa língua, e empregada para glorificá-Lo. Trabalhemos agora como nunca dantes. Somos exortados a instar "a tempo e fora de tempo". 2 Timóteo 4:2. Devemos abrir caminho para a apresentação da verdade. Devemos aproveitar cada oportunidade de atrair almas para Cristo. TS3 222 1 Como um povo devemos converter-nos de novo, e nossa vida ser santificada para declarar a verdade tal como é em Jesus. Na obra de disseminar nossas publicações, podemos com coração afetuoso e palpitante, falar do amor de um Salvador. Deus, unicamente, tem poder para perdoar pecados; se não transmitirmos esta mensagem aos inconversos, nossa negligência poderá ser a ruína deles. Publicam-se em nossas revistas benditas verdades bíblicas, capazes de salvar almas. Muitos há que podem auxiliar no trabalho de vender essas revistas. O Senhor nos chama a todos para procurarmos salvar as almas que perecem. Satanás está operando a fim de enganar até os escolhidos, e agora é o momento de trabalharmos vigilantemente. Nossos livros e revistas têm que ser postos em evidência perante o povo; o evangelho da verdade presente deve ser proclamado sem demora em nossas cidades. Não despertaremos para o cumprimento de nossos deveres? Cumprindo a grande comissão TS3 222 2 Se fizermos da vida e ensinos de Cristo nosso estudo, cada acontecimento que se desenrola fornecerá um texto para um impressivo discurso. Era assim que o Salvador pregava o evangelho nos caminhos e valados; e ao falar Ele, o pequeno grupo que O escutava avolumava-se, tornando-se grande multidão. Os evangelistas de hoje devem ser coobreiros de Cristo. Tão certamente como os primeiros discípulos, têm eles a garantia: "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:18-20. TS3 222 3 A obra que deve ser efetuada pelo povo de Deus acha-se declarada nas palavras inspiradas: "Eis que Eu envio o Meu anjo ante a Tua face, o qual preparará o caminho diante de Ti. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitei as Suas veredas." Marcos 1:2, 3. "Eis aqui o Meu Servo, a quem sustenho; o Meu Eleito, em quem Se compraz a Minha alma; pus o Meu Espírito sobre Ele; juízo produzirá entre os gentios. ... Não faltará nem será quebrantado, até que ponha na Terra o juízo; e as ilhas aguardarão a Sua doutrina." Isaías 42:1-4. TS3 222 4 Deus convida todos os homens a estudar o mais plenamente possível os reclamos de Sua lei. Sua Palavra é sagrada e infinita. A causa da verdade deve prosseguir como uma lâmpada acesa. O fervoroso estudo da Palavra de Deus revelará a verdade. Pecado e erro não serão mantidos, mas a lei de Deus será vindicada. "Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e formou a Terra, e a tudo quanto produz; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela. Eu o Senhor te chamei em justiça, e te tomarei pela mão, e te guardarei, e te darei por concerto do povo, e para luz dos gentios; para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas." Isaías 42:5-7. Os cristãos devem buscar sua luz na Palavra de Deus, e então, com fé, sair para proporcionar essa luz aos que estão em trevas. ------------------------Capítulo 58 -- Distribuir as publicações TS3 223 1 Na noite de 2 de Março de 1907, muitas coisas me foram reveladas, concernentes ao valor das nossas publicações acerca da verdade presente, e ao pouco esforço que fazem os nossos irmãos e irmãs nas igrejas para assegurar-lhes ampla disseminação. TS3 223 2 Foi-me mostrado em várias ocasiões que os nossos prelos deveriam estar continuamente ocupados em publicar a luz e a verdade. Este é tempo de trevas espirituais nas igrejas do mundo. A ignorância das coisas divinas encobriu da vista dos homens, a Deus e a verdade. As forças do mal estão ganhando força. Satanás promete aos seus coobreiros fazer um trabalho que cativará o mundo. Ao passo que a atividade da igreja é apenas parcial, Satanás e suas legiões exercem atividade intensa. As professas igrejas cristãs não estão convertendo o mundo; pois elas próprias estão corrompidas de egoísmo e orgulho, e necessitadas de experimentarem em seu seio o poder regenerador de Deus, antes de poderem guiar outros a uma norma mais pura e elevada. Uma ocorrência animadora TS3 223 3 Passei a tarde de 2 de Março em conselho com o irmão e irmã S. N. Haskell, tratando da obra em Oakland e do seu plano de irem para costa Este passar algum tempo em South Lancaster. Depois dessa visita, senti-me cansada e fui deitar-me cedo. Eu estava sofrendo de reumatismo no lado esquerdo, e não podia repousar de dor. Dava voltas na cama, em busca de alívio para o sofrimento. Sentia no coração uma dor que nada bom me augurava. Por fim, adormeci. TS3 224 1 Por volta das nove e meia da noite procurei virar-me e, ao fazê-lo, percebi que não sofria mais dor alguma. Ao dar voltas de um para outro lado, e mexer as mãos sentia liberdade e ligeireza extraordinárias que não posso descrever. O quarto estava inundado de luz, uma luz maravilhosa, suave e azulada, e me parecia estar nos braços de seres celestes. TS3 224 2 Eu tinha desfrutado, anteriormente, essa luz singular, em momentos de bênção especial, mas essa vez ela era mais distinta, mais impressionante, e senti tanta paz, uma paz tão plena e abundante que não há palavras para descrevê-la. Sentei-me e vi que estava circundada de uma nuvem brilhante, branca como neve, e de bordos cor rosa escura. Enchia o ar uma música maviosa e suave, em que reconheci o cântico dos anjos. Falou-me, então, uma voz, dizendo: "Não temas; Eu sou o teu Salvador. Santos anjos te rodeiam." TS3 224 3 "Estou, então, no Céu", disse eu, "e posso agora descansar. Não terei mais mensagens para transmitir, nem terei que suportar que sejam mal-interpretadas. Tudo me será fácil agora, e desfrutarei paz e descanso. Oh! que paz inefável me enche a alma! É aqui verdadeiramente o Céu? Sou deveras filha de Deus? E desfrutarei para sempre esta paz?" TS3 224 4 A Voz respondeu: "O teu trabalho não está acabado." TS3 224 5 Tornei a adormecer e, ao acordar, ouvi música e quis cantar. Passou, então, alguém pela minha porta, e eu me perguntava se teria visto a luz. Depois de algum tempo a luz desapareceu, mas ficou a paz. TS3 224 6 Passado algum tempo tornei a dormir. Dessa vez me pareceu estar numa reunião de comissão, onde estava sendo estudada a nossa obra de publicações. Estavam presentes vários irmãos nossos, líderes da nossa obra, e o Pastor Haskell e sua esposa, deliberando com os demais irmãos acerca da disseminação dos nossos livros, folhetos e revistas. TS3 224 7 O Pastor Haskell apresenta fortes argumentos pelos quais os nossos livros que contêm o conhecimento que foi comunicado à irmã White -- livros que contêm a mensagem especial que deve ser dada ao mundo presentemente -- deveriam ter ampla disseminação. Dizia ele: "Por que não aprecia o nosso povo e não dissemina com maior profusão livros que são divinamente aprovados? Por que não se dá atenção toda especial aos livros que contêm advertências no tocante à obra de Satanás? Por que não nos esforçamos mais para disseminar os livros que mostram como Satanás se empenha em contrafazer a obra de Deus, e não lhe desvendamos os planos e enganos? Os males morais desses enganos devem ser desfeitos, abrindo-se os olhos das gentes a fim de que discirnam a situação e os perigos de nossa época, e façam esforços diligentes para apegarem-se a Cristo e à Sua justiça." TS3 225 1 Estava em nosso meio um mensageiro celeste, e proferiu palavras de advertência e instrução. Fez-nos compreender com clareza que o evangelho do reino é a mensagem por cuja falta o mundo perece, e que essa mensagem, contida em nossas publicações já editadas e nas que ainda viriam a aparecer, deveria espalhar-se entre o povo de perto e de longe. ------------------------Capítulo 59 -- Uma visão mais ampla TS3 225 2 Ao avançar a obra do Senhor em nossa pátria e no estrangeiro, os que ocupam cargos de responsabilidades precisam fazer planos sábios com o propósito de tirar o maior proveito possível tanto dos homens como dos recursos de que dispõem. A responsabilidade de suster a obra em muitos territórios estrangeiros está grandemente a cargo das Associações de nossa pátria. Essas Associações devem dispor de recursos com que auxiliar a abertura de novos campos em que as decisivas verdades da mensagem do terceiro anjo não tenham ainda penetrado. No transcurso destes últimos anos, foram como que por encanto abertas portas; e necessitam-se homens e mulheres para por elas entrarem e darem início ao trabalho zeloso de salvação de almas. TS3 225 3 Nossas instituições de ensino muito podem fazer no sentido de atender à procura de obreiros instruídos para esses campos missionários. Devem ser elaborados planos sábios para fortalecer a obra feita nos centros de instrução. Devem ser estudados os melhores métodos de preparo de moços e moças consagrados para assumirem responsabilidades e ganhar almas para Cristo. Devem eles ser ensinados a tratar com as pessoas e a apresentar-lhes a terceira mensagem angélica de maneira atraente. E no que toca ao manejo das finanças, devem ser-lhes ensinadas lições que lhes possam ser úteis quando, enviados a campos isolados, devam passar muitas privações e exercer a mais estrita economia. Colportagem, instrução valiosa TS3 226 1 O Senhor instituiu um plano por cujo meio bom número de alunos das nossas escolas pode aprender lições práticas que lhes garantirá êxito em sua carreira. Concedeu-lhes a oportunidade de vender livros preciosos, consagrados ao avanço de nossa obra de educação e saúde. Ao vender esses livros, a juventude passará por muitas experiências que os habilitarão para resolver os problemas que os esperam em regiões distantes. Durante a sua vida estudantil, vendendo esses livros, muitos podem aprender a tratar os estranhos de maneira cortês e a exercer tato na apresentação dos vários pontos da verdade presente. E ao alcançarem certo êxito financeiro, alguns aprenderão lições de economia, que lhes serão de grande proveito quando, como missionários, forem enviados a outra parte. TS3 226 2 Os estudantes que se dedicarem à venda de Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver deverão estudar o conteúdo do livro que pretendem vender. Ao familiarizarem-se com o assunto do livro que vendem, e esforçarem-se para pôr em prática os seus ensinos, desenvolver-se-ão intelectual e espiritualmente. As mensagens desses livros contêm a luz que Deus me revelou para comunicar ao mundo. Devem os professores de nossas escolas animar os alunos a estudarem atentamente cada capítulo. Devem ensinar essas verdades aos alunos e buscar incutir-lhes amor aos preciosos pensamentos que o Senhor nos confiou para comunicarmos ao mundo. TS3 226 3 Assim, o preparo para apresentar esses livros, e a experiência diária adquirida com a sua apresentação ao público, tornar-se-ão um aprendizado excelente para os que se empenham nessa espécie de atividade. Com a bênção divina, a juventude será capacitada para servir na vinha do Senhor. A responsabilidade dos oficiais da igreja TS3 226 4 Existe um trabalho especial que precisa ser feito em proveito dos nossos jovens, pelos que assumem a responsabilidade das igrejas em todas as Associações. Ao depararem os oficiais das igrejas com jovens promissores que estejam desejosos de se habilitarem para tornar-se úteis na causa do Senhor, mas cujos pais não podem mandá-los à escola, têm eles o dever de buscar auxiliá-los e animá-los. Devem consultar tanto os pais como os jovens, e juntos agirem com sabedoria. Alguns jovens terão mais aptidão para o trabalho missionário. Existe um grande campo de utilidade na distribuição de nossa literatura e na proclamação aos nossos amigos e vizinhos da mensagem do terceiro anjo. Outros jovens devem ser animados a consagrar-se à colportagem, e a vender nossos livros principais. Alguns podem ter aptidões que os tornem excelentes auxiliares de nossas instituições. E, em muitos casos, se os jovens promissores forem sabiamente animados e corretamente dirigidos, podem ganhar seu estipêndio escolar com a venda dos livros Parábolas de Jesus e A Ciência do Bom Viver. Instrução por conta própria TS3 227 1 Ao vender esses livros estarão os jovens agindo como missionários; porque estarão assim levando ao conhecimento dos habitantes do mundo uma luz preciosa. Ao mesmo tempo poderão ganhar o dinheiro necessário para ir à escola, onde lhes é possível prosseguir preparando-se para serem de maior utilidade na causa do Senhor. Na escola, serão, pelos professores e condiscípulos, animados a continuarem vendendo livros; no final dos estudos, terão recebido preparo prático que os capacitará para o trabalho difícil, zeloso e abnegado que os espera em muitos campos estrangeiros, onde a obra da mensagem do terceiro anjo precisa ser divulgada sob circunstâncias difíceis e decisivas. TS3 227 2 Quão melhor é seguir este plano, que passarem os estudantes pela escola sem alcançar instrução prática para a obra e, terminado o curso, saírem com a responsabilidade de uma dívida pesada e com avaliação imperfeita das dificuldades que terão que enfrentar num campo novo! Como lhes não será difícil, então, resolverem os problemas financeiros relacionados com a obra de vanguarda em terras estrangeiras! E por que dificuldades financeiras não terá que passar alguém, até estar liquidada a dívida contraída pelo estudante! TS3 227 3 Por outro lado, quanta vantagem haverá com ser seguido o plano de instrução por conta própria! Com freqüência o aluno estaria em situação de sair da instituição educacional quase, ou inteiramente, sem dívida pessoal; as finanças da escola estariam em situação mais próspera; e as lições aprendidas pelo estudante que em sua própria terra passasse por essas experiências, lhe seriam de valor incalculável nos campos estrangeiros. TS3 227 4 Façam-se planos sábios para ajudar estudantes que o mereçam, a ganharem o seu próprio estipêndio escolar mediante a venda destes livros, se o quiserem. Os que por esse meio ganham recursos suficientes para custear seus estudos num de nossos colégios, adquirirão experiência prática valiosíssima que os capacitará para o trabalho missionário de vanguarda noutros campos. ------------------------Capítulo 60 -- Instruções ministradas em assembléias TS3 228 1 Em anos passados os servos de Deus aproveitaram muitas oportunidades preciosas que lhes ofereciam as assembléias para ensinar ao nosso povo os métodos práticos de apresentar aos amigos e conhecidos as verdades salvadoras da mensagem do terceiro anjo. Muitos foram ensinados a trabalhar, como missionários por conta própria, em sua própria localidade. De volta dessas reuniões anuais, muitos passaram a trabalhar com maior zelo e de maneira mais inteligente que antes. TS3 228 2 Seria agradável para Deus que muito mais instrução prática dessa espécie fosse ministrada aos membros da igreja que freqüentam as nossas reuniões de assembléia, do que o foi no passado. Tanto os obreiros dirigentes como os nossos irmãos e irmãs de cada Associação, devem lembrar-se de que um dos objetivos das nossas assembléias anuais é que todos adquiram o conhecimento dos métodos práticos do trabalho missionário pessoal. Em vários ramos TS3 228 3 Deus nos confiou a mais sagrada das obras, e precisamos congregar-nos para receber instruções que nos capacitem para cumpri-la. É-nos preciso conhecer a parte que, individualmente, desempenharemos na promoção da causa de Deus na Terra, para vindicar a santa lei de Deus e exaltar o Salvador como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". João 1:29. É-nos preciso congregar-nos e receber o divino toque que nos fará compreender o nosso dever no lar. Os pais precisam saber como podem despedir do santuário do lar os filhos e filhas de tal modo instruídos e educados que estejam bem capacitados para brilhar como luzes no mundo. Precisamos conhecer a divisão do trabalho e como cada ramo da obra deve ser atendido. Cada qual deve saber que parte lhe cabe nesse trabalho, a fim de que a harmonia de propósito e ação seja mantida no trabalho de todos. TS3 229 1 Quando devidamente dirigidas, as assembléias gerais são uma escola em que os pastores, anciãos e diáconos podem aprender a fazer trabalho melhor para o Mestre. Deve ser uma escola em que os membros da igreja, velhos e moços, tenham a oportunidade de aprender mais perfeitamente o método do Senhor, um lugar onde os crentes possam receber instruções que os capacitarão para ajudar outros. TS3 229 2 A melhor ajuda que os pastores podem prestar aos membros de nossas igrejas não consiste em pregar-lhes sermões, mas em planejar trabalho para que o façam. Dai a cada um algo para fazer em prol de outros. Ajudai todos a verem que, como recebedores da graça de Cristo, estão obrigados a trabalhar para Ele. E seja a todos ensinada a maneira de trabalhar. Especialmente as pessoas que recentemente aceitaram a fé, devem ser ensinadas a cooperar com Deus. Se posto a trabalhar, o desanimado logo esquecerá o seu desânimo; o fraco ficará forte; o ignorante, inteligente; e todos aprenderão a apresentar a verdade tal qual é em Jesus. Encontrarão auxílio infalível nAquele que prometeu salvar a todos que a Ele recorrerem. TS3 229 3 Nalgumas de nossas Associações, os dirigentes vacilaram na introdução desses métodos práticos de instrução. Alguns, por temperamento, tendem mais para pregar que ensinar. Mas em oportunidades tais como as de nossas assembléias anuais, é-nos preciso não perder de vista as oportunidades deparadas para ensinar os crentes a fazerem trabalho missionário prático onde vivem. Em muitos casos, nessas assembléias, convirá atribuir a certos homens escolhidos a responsabilidade de ministrarem o ensino no tocante a certos ramos de atividade educacional. Ensinem uns a dar estudos bíblicos e a dirigir reuniões em casas de família. Outros podem ter a seu cargo ensinar as pessoas a pôr em prática os princípios de saúde e temperança, e a maneira de tratar os doentes. Outros, ainda, poderão promover o interesse de nossa obra de revistas e livros. ... TS3 229 4 Nossa preocupação máxima não deve tanto ser a arrecadação de dinheiro como a salvação de almas; e para alcançar esse fim, devemos fazer tudo quanto ao nosso alcance esteja para ensinar os alunos a guiarem as almas ao conhecimento da terceira mensagem angélica. Ao sermos bem-sucedidos no trabalho de salvar almas, os que forem acrescentados à fé empregarão, por sua vez, a sua capacidade para transmitir a verdade a outros. Ao trabalharmos diligentemente para a salvação do próximo, Deus dará êxito aos nossos esforços. ... O ministério das publicações TS3 229 5 Ao seguirmos os planos do Senhor, tornamo-nos "cooperadores de Deus". 1 Coríntios 3:9. Qualquer que seja o nosso cargo -- presidente de Associação, pregador, professor, aluno, ou simples membro da igreja -- o Senhor nos considera responsáveis pelo uso correto que fizermos de nossas oportunidades para transmitir a luz aos que necessitam da verdade presente. Um dos melhores meios que Ele nos deparou consiste na página impressa. Em nossas escolas e clínicas, nas igrejas e especialmente nas assembléias gerais, devemos aprender a fazer uso sábio desse precioso recurso. Com paciente diligência, os obreiros escolhidos deverão instruir o nosso povo a aproximarem-se dos incrédulos de maneira amável e atraente, e a pôr-lhes nas mãos a literatura que, com poder e clareza, apresenta a verdade para este tempo. Outro aspecto da obra de publicações TS3 230 1 Estivemos depois em reuniões de assembléias e em grandes reuniões de nossas igrejas, onde os pastores apresentaram com clareza os perigos dos tempos em que vivemos e a grande importância de apressar a venda da nossa literatura. Em resposta a esses apelos, os irmãos e irmãs foram à frente e compraram muitos livros. Alguns levaram uns poucos, e outros compraram grande quantidade. A maioria dos compradores pagaram a vista os livros que levaram. Uns poucos fizeram arranjo para pagá-los depois. TS3 230 2 Por estarem os livros sendo vendidos a preços baixos, sendo alguns deles reduzidos especialmente para a ocasião, muitos foram comprados, e alguns por pessoas alheias à nossa fé. Diziam elas: "Por certo estes livros contêm uma mensagem para nós. Estas pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios a fim de que os possuamos, e nós os adquiriremos para nós mesmos e para nossos amigos." TS3 230 3 Alguns dentre os nossos manifestaram desaprovação, porém. Um deles disse: "Tem de ser posto um ponto final nesse procedimento, ou o nosso negócio será prejudicado." Ao sair um irmão com uma braçada de livros, um colportor pôs-lhe uma das mãos no braço, e disse: "Irmão, que faz você com tantos livros?" Ouvi, então, a voz de nosso Conselheiro, que dizia: "Não os impeçais. Esse é o procedimento a ser seguido. Aproxima-se o fim. Muito tempo se perdeu, pois já há muito deveriam esses livros haver estado em circulação. Vendei-os por toda parte. Disseminai-os como as folhas no outono. Esse trabalho deverá continuar sem estorvo de pessoa alguma. Almas perecem sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu." TS3 230 4 Alguns obreiros continuaram a manifestar muito desânimo. Um deles chorava e dizia: "Comprando esses livros a preço tão vil, fazem essas pessoas uma injustiça à obra das publicações; além de esse procedimento estar-nos privando de alguma renda com que nossa obra é mantida." Respondeu a Voz: "Não estais sofrendo prejuízo algum. Esses obreiros que compraram os livros a preço reduzido não poderiam conseguir vendê-los com tanta facilidade sem esse suposto sacrifício. Estão comprando-os agora para amigos e para si mesmos, muitos que, de outro modo não pensariam em comprar." -- Testimonies for the Church 9:71-73 (1909). ------------------------Capítulo 61 -- Condições existentes nas cidades TS3 231 1 O aumento constante da maldade obstinada está produzindo rápido e quase generalizado senso de culpa nos habitantes das cidades. Predomina atualmente uma "epidemia de crimes" que abate o coração dos sensatos e tementes a Deus. A corrupção dominante está além da capacidade humana de descrevê-la. Cada dia traz novas revelações de dissensões, corrupção e fraude que campeiam na política; cada dia traz seu doloroso contingente de violências e infrações da lei, de indiferença para com o sofrimento humano, de brutal e diabólico extermínio da vida humana. Cada dia é testemunha do aumento da loucura, homicídio e suicídio. TS3 231 2 As cidades modernas estão-se rapidamente transformando em Sodomas e Gomorras. Numerosos são os dias de folga; as ondas da agitação e do prazer desviam milhares de pessoas dos austeros deveres da vida. Os esportes enervantes -- o teatro, as corridas de cavalos, os jogos de azar, as bebidas e as orgias -- despertam ao máximo todas as paixões. TS3 231 3 A juventude é levada de roldão pela onda popular. Os que se deixam dominar pelas diversões, abrem a porta para um dilúvio de tentações. Dedicam-se a divertimentos sociais e a irrefletida hilaridade. Passam de uma a outra forma de dissipação, até perderem tanto o desejo como a capacidade de viver de maneira útil. Esfriam as aspirações religiosas; debilita-se a vida espiritual. As mais nobres faculdades da alma, numa palavra, tudo quanto liga o homem ao mundo espiritual, é envilecido. TS3 231 4 Sob a influência de coligações patronais e em conseqüência de sindicatos e greves operárias, as condições de vida nas cidades pioram constantemente. Obsessão pelo amor aos prazeres TS3 232 1 A obsessão intensa do ganho, o amor da ostentação, do luxo e da extravagância -- são todas forças que desviam a maioria dos homens dos verdadeiros propósitos da vida, e abrem a porta para uma infinidade de males. Muitos, obcecados em sua busca de riquezas terrenas, tornam-se insensíveis aos reclamos divinos e às necessidades do próximo. Consideram a sua riqueza um meio de glorificarem-se. Acrescentam casa a casa, um terreno a outro; entulham de objetos de luxo a residência, enquanto a seu redor seres humanos jazem na miséria e no crime, em doença e morte. TS3 232 2 Por meio de toda espécie de opressão e extorsão, acumulam os homens fortunas colossais, enquanto sobem para Deus os clamores da humanidade desfalecente. Multidões lutam contra a pobreza, obrigadas a trabalhar arduamente por salários ínfimos, sem poderem adquirir as coisas mais indispensáveis à vida. O cansaço e as privações, sem nenhuma esperança de coisas melhores, tornam-lhes muito pesada a carga. Se a isso se acrescentam a enfermidade e a dor, então a carga se torna quase insuportável. Minados pelas preocupações e opressos, não sabem onde buscar alívio. TS3 232 3 As Escrituras descrevem as condições em que se encontrará o mundo às vésperas da segunda vinda de Cristo. O apóstolo Tiago traça um quadro da cobiça e opressão que hão de prevalecer então. Diz ele: "Eia pois agora vós, ricos, ... entesourastes para os últimos dias. Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a Terra, e vos deleitastes: cevastes os vossos corações, como num dia de matança. Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu." Tiago 5:1-6. TS3 232 4 Tal é o quadro do estado atual das coisas. "Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar. TS3 232 5 Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado." Isaías 59:14, 15. TS3 232 6 A própria igreja, que deveria ser a coluna e sustentáculo da verdade, fomenta o amor egoísta dos prazeres. Para a obtenção de dinheiro para fins religiosos, a que meio recorrem muitas igrejas? A vendas, comidas, quermesses, e até a rifas e coisas semelhantes. Freqüentemente, o lugar consagrado para o culto divino é profanado por festanças em que se come e bebe, compra e vende, e as pessoas se divertem. Dessa forma desaparece na mente dos jovens o respeito à casa de Deus e a Seu culto. Enfraquece o domínio próprio. O egoísmo, o apetite e o amor à ostentação são estimulados e fortalecem-se com a prática. Aproximação da crise TS3 233 1 Através de todos os tempos tem o Senhor revelado o Seu modo de proceder. Ao sobrevir uma crise, Ele Se tem revelado e interposto para impedir a execução dos planos de Satanás. Muitas vezes permitiu que as nações, famílias e indivíduos chegassem a uma crise a fim de que a Sua intervenção fosse notória. Então, tornou manifesto que há um Deus em Israel que mantém a Sua lei e vindica o Seu povo. TS3 233 2 No mundo antediluviano, empregavam os homens toda a sorte de recursos imagináveis e processos engenhosos para anular a lei de Jeová. Rejeitavam-Lhe a autoridade porque lhes estorvava os planos. Tal como foi nos dias anteriores ao dilúvio, está iminente o momento em que o Senhor irá revelar a Sua onipotência. Neste tempo de generalizada iniqüidade, devemos reconhecer que a última grande crise está iminente. Quando o desafio à lei de Deus for quase universal, quando Seu povo for oprimido e afligido por seus semelhantes, então o Senhor intervirá. TS3 233 3 Satanás não dorme; está bem desperto para evitar que se cumpra a firme palavra da profecia. Com sua astúcia e poder enganador esforça-se para imitar a vontade de Deus, revelada expressamente em Sua Palavra. Durante anos, Satanás tem estado a dominar a mente dos homens por meio de sofismas sutis que ideou para substituírem a verdade. Neste tempo de perigo os que praticam o bem no temor de Deus, Lhe glorificam o nome repetindo as palavras de Davi: "já é tempo de operares ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua lei." Salmos 119:126. Os juízos divinos sobre as nossas cidades TS3 233 4 Estando eu em Loma Linda, Califórnia, em 16 de Abril de 1906, uma cena assombrosíssima me foi revelada. Numa visão noturna, estava eu numa elevação de onde via as casas sacudidas como o vento sacode o junco. Os edifícios, grandes e pequenos, eram derrubados. Os sítios de recreio, teatros, hotéis e mansões suntuosas eram sacudidos e arrasados. Muitas vidas eram destruídas e os lamentos dos feridos e aterrorizados enchiam o espaço. TS3 233 5 Os anjos destruidores, enviados por Deus, estavam atuando. A um simples toque, os edifícios tão solidamente construídos que os homens os consideravam a prova de qualquer perigo, ficavam reduzidos a um montão de escombros. Nenhuma segurança havia em parte alguma. Pessoalmente, eu não me sentia em perigo, mas não posso descrever as cenas terríveis que me foram apresentadas. Dir-se-ia que a paciência divina se tivesse esgotado, e houvesse chegado o dia do juízo. TS3 234 1 O anjo que estava ao meu lado me disse, então, que poucas pessoas reconhecem a maldade imperante no mundo atual, especialmente nas grandes cidades. Declarou que o Senhor determinou um dia em que a Sua ira castigará os transgressores pelo persistente menosprezo da Sua lei. TS3 234 2 Conquanto terrível, a cena que me foi revelada não me causou tanta impressão quanto as instruções que recebi nessa ocasião. O anjo que estava ao meu lado declarou que a suprema soberania de Deus, o caráter sagrado da Sua lei, devem ser manifestados aos que obstinadamente se recusam a obedecer ao Rei dos reis. Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber-se da pecaminosidade do seu procedimento. TS3 234 3 Durante todo o dia seguinte, estive pensando nas cenas que me haviam sido reveladas e nas instruções que as acompanharam. À tarde fomos a Glendale, próximo de Los Angeles. No decorrer da noite seguinte, recebi novas instruções acerca do caráter santo e obrigatório dos Dez Mandamentos e da supremacia de Deus sobre todos os governantes terrestres. TS3 234 4 Parecia-me estar eu perante uma assembléia, apresentando ao público os reclamos da lei divina. Li os passos das Escrituras relativos à instituição do sábado no Éden, no final da semana da criação, e à promulgação da lei no Sinai; depois declarei que o sábado deve ser observado como "concerto perpétuo" (Êxodo 31:16) entre Deus e os que Lhe pertencem, a fim de que saibam que são santificados por Jeová, seu Criador. TS3 234 5 A seguir insisti na questão da soberania suprema do governo de Deus sobre todos os governos terrestres. Sua lei deve ser a norma de procedimento. Os homens estão proibidos de perverterem os sentidos por meio da intemperança, ou submeterem a mente às influências satânicas, pois isso impossibilita a observância da lei de Deus. Conquanto o divino Governador suporte com paciência a maldade, não pode ser enganado, e não silenciará para sempre. Sua supremacia, Sua autoridade como Governador do Universo devem ser finalmente reconhecidas, e vindicados os justos reclamos da Sua lei. TS3 234 6 Muitas outras instruções no tocante à longanimidade divina, à necessidade de fazer o transgressor compreender o perigo da situação que assume diante de Deus, foram repetidas ao público, tal como eu as havia recebido do meu instrutor. TS3 234 7 Em 18 de Abril, dois dias depois de eu haver recebido a visão dos edifícios que desmoronavam, fui atender a um compromisso na igreja da rua Carr, em Los Angeles. Ao aproximarmo-nos da igreja, ouvimos os vendedores de jornais gritarem: "São Francisco destruída por terremoto!" Com o coração opresso li as primeiras notícias recém-impressas daquele terrível desastre. TS3 235 1 Duas semanas mais tarde, em viagem para casa, passamos por São Francisco, alugamos um carro e gastamos hora e meia observando a destruição ocorrida naquela grande cidade. Edifícios antes considerados indestrutíveis, jaziam em ruínas. Algumas casas estavam parcialmente soterradas. A cidade apresentava um quadro desolador da incapacidade do engenho humano de construir edifícios a prova de fogo e terremoto. TS3 235 2 Pela boca do profeta Sofonias, o Senhor aponta os juízos com que Ele ferirá os malfeitores: TS3 235 3 "Inteiramente consumirei tudo sobre a face da Terra, diz o Senhor. Arrebatarei os homens e os animais; consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da Terra, disse o Senhor." TS3 235 4 "E acontecerá que, no dia do sacrifício do Senhor, hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha. Castigarei também naquele dia todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores... TS3 235 5 "E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que estão assentados sobre as suas fezes, que dizem no seu coração: O Senhor não faz bem nem faz mal. Por isso será saqueada a sua fazenda, e assoladas as suas casas; e edificarão casas, mas não habitarão nelas; e plantarão vinhas, mas não lhes beberão o vinho. TS3 235 6 "O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas. Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do Senhor; mas pelo fogo do Seu zelo toda esta Terra será consumida; porque certamente fará de todos os moradores da Terra uma destruição total e apressada." Sofonias 1:2, 3, 8-18. Deus, Senhor da situação TS3 235 7 Deus não pode ter paciência por muito mais tempo. Seus juízos já começam a cair em alguns lugares, e logo o Seu desagrado será manifesto em outras partes. TS3 235 8 Haverá uma série de acontecimentos que revelarão que Deus é o Senhor da situação. A verdade será proclamada em linguagem clara e inequívoca. Como povo, precisamos preparar o caminho do Senhor sob a soberana direção do Espírito Santo. O evangelho deve ser proclamado em sua pureza. A correnteza de águas vivas deve, em seu curso, aprofundar-se e alargar-se. Em todos os campos, próximos e distantes, haverá homens que serão chamados da rabiça do arado e das mais comuns profissões no comércio em geral preferidas, para ligarem-se a homens experimentados e ser por eles instruídos. À medida que aprendam a trabalhar e se tornem eficientes, proclamarão a verdade com poder. Por causa das maravilhosas operações da providência divina, montanhas de dificuldades serão removidas e lançadas ao mar. A mensagem que tanta importância tem para os habitantes da Terra, será ouvida e compreendida. Os homens discernirão a verdade. A obra progredirá mais e mais até que a Terra inteira seja advertida; então virá o fim. ------------------------Capítulo 62 -- A obra atual TS3 236 1 À medida que transcorre o tempo, torna-se mais e mais evidente que os juízos divinos estão no mundo. Por meio de incêndios, inundações, e terremotos, Deus está advertindo da Sua próxima vinda os habitantes deste mundo. Aproxima-se o tempo da grande crise da história do mundo, em que cada ato do governo de Deus será observado com interesse intenso e apreensão indizível. Os juízos seguir-se-ão em sucessão rápida: incêndios, inundações e terremotos, com guerra e efusão de sangue. TS3 236 2 Oh! se o mundo ao menos conhecesse o tempo da sua visitação! Numerosos são ainda os que não ouviram acerca da verdade que deve prová-los neste tempo. O Espírito de Deus contende ainda com muitos. O tempo dos destruidores juízos divinos é o tempo de graça para os que não tiveram a oportunidade de conhecer a verdade. O Senhor para eles olhará com amor. Comove-se-lhe o coração compassivo; Seu braço está ainda estendido para salvar, ao passo que a porta já se fecha para os que não quiseram entrar. TS3 236 3 A misericórdia divina manifesta-se com grande indulgência. Está Deus retendo os Seus juízos a fim de que a mensagem de advertência alcance a todos. Oh! se nosso povo sentisse devidamente a sua responsabilidade quanto à proclamação ao mundo da última mensagem de misericórdia, que obra extraordinária não seria realizada! TS3 237 1 Contemplai as cidades, e quanto carecem do evangelho! Durante mais de vinte anos me foi lembrada a necessidade de obreiros zelosos entre as multidões que povoam as cidades. Quem se preocupa com as grandes cidades? Uns poucos apenas; pouca, porém, tem sido a atenção dedicada a essa obra, em comparação com as necessidades imensas e as inúmeras oportunidades. Nas cidades da costa leste TS3 237 2 Fui instruída que a mensagem deveria ser novamente pregada com poder nas cidades da costa leste dos Estados Unidos. Em muitas dessas grandes cidades do leste, as mensagens do primeiro e segundo anjos foram anunciadas durante o movimento de 1844. A nós, como servos de Deus, nos foi confiada a mensagem do terceiro anjo, com que culmina a obra dos precedentes, para o preparo de um povo para a vinda do Rei. Devemos fazer todo esforço possível para transmitir o conhecimento da verdade a todos quantos a queiram escutar; e muitos escutarão. Em todas as grandes cidades Deus tem almas sinceras, desejosas de saberem o que é a verdade. TS3 237 3 O tempo é curto; o Senhor quer que tudo quanto se relaciona com a Sua obra seja posto em boa ordem. Quer que a Sua solene mensagem de advertência e convite seja proclamada por Seus mensageiros tão extensamente quanto possível. Nada que possa impedir o avanço da mensagem deverá ser tolerado em nossos planos. "Repete a mensagem, repete a mensagem", foram as palavras a mim dirigidas em muitas ocasiões. "Dize ao Meu povo que repita a mensagem nos lugares onde foi primeiramente anunciada, e onde uma igreja após outra se decidiu em favor da verdade, e o poder divino dela testificou de maneira extraordinária." TS3 237 4 Durante anos os pioneiros de nossa obra lutaram com a pobreza, expostos a numerosas privações, a fim de proporcionar à verdade posição vantajosa. Com poucos recursos, trabalharam sem descanso, e Deus lhes abençoou os humildes esforços. A mensagem foi proclamada com poder na costa leste, e dali se expandiu para a oeste, até que em muitos lugares foram criados centros de influência. Pode ser que hoje em dia os nossos obreiros não tenham que passar por todas as privações dos primeiros tempos. As condições mais favoráveis, porém, não deveriam induzir-nos a diminuir os esforços. TS3 237 5 E agora que o Senhor nos manda proclamar novamente a mensagem com vigor na costa leste, bem como a entrar nas cidades do norte, sul, leste e oeste, não atenderemos, como um só homem, ao Seu mando? Não planejaremos para enviar mensageiros a todos esses campos e sustentá-los liberalmente? Não irão os pastores de Deus a esses centros populosos, para ali advertirem as multidões? Para que servem as nossas Associações, senão para a prossecução desta mesma obra? ... TS3 238 1 E ao falarem esses obreiros acerca da verdade e a porem em prática e orarem por seu progresso, Deus comoverá os corações. Ao trabalharem com todo o ardor que Deus lhes concede, de coração humilde e inteiramente nEle confiantes, seus trabalhos não deixarão de produzir frutos. Os empenhos decididos feitos com o propósito de encaminhar as almas para o conhecimento da verdade para este tempo, terão o apoio dos santos anjos, e muitas almas serão salvas. A liberalidade no esforço missionário TS3 238 2 Os Estados do Sul devem receber o conhecimento da verdade presente. Não digais: "Nossas casas publicadoras e igrejas precisam de mais auxílio. Precisamos de todos os recursos disponíveis para continuar a obra empreendida." Um após outro viram-se os irmãos recusarem auxílio para certos ramos de atividade missionária, por temor de que fossem consumidos os recursos que haviam destinado para outros empreendimentos. Meus irmãos, precisais de maior dose do Espírito de Cristo. Elevai mais o vosso ideal; então, os recém-conversos à verdade perceberão que têm uma obra para realizar. Dessa forma aumentarão sempre os recursos para levar avante a obra. TS3 238 3 Poderemos nós esperar que os habitantes das cidades venham ter conosco e nos digam: "Se vierdes ter conosco e nos instruirdes, nós vos ajudaremos desta e daquela maneira?" Que sabem eles acerca da nossa mensagem? Façamos a nossa parte no advertir essas gentes que estão a ponto de perecer sem haverem sido advertidas nem salvas. Quer o Senhor que a nossa luz brilhe de maneira tal perante os homens, que o Seu Espírito Santo possa comunicar a verdade aos corações sinceros que O buscam. TS3 238 4 Ao fazermos essa obra, veremos os recursos entrarem em nossas arcas, e teremos fundos suficientes para dar à nossa obra maior expansão. Serão trazidas para a verdade pessoas ricas que se disporão a dar de seus haveres para o avançamento da obra de Deus. Foi-me mostrado que há grandes riquezas nas cidades ainda não trabalhadas. Deus suscitou o interesse de pessoas ali. Ide ter com elas; ensinai-as como Cristo ensinava; transmiti-lhes a verdade. Elas a aceitarão. E tão certamente como as almas sinceras serão convertidas, seus meios serão consagrados ao serviço do Senhor, e veremos o aumento dos recursos. TS3 238 5 Oxalá pudéssemos ver as necessidades dessas cidades, como Deus as vê! Em tempo tal como este, cada mão deve encontrar a sua ocupação. O Senhor vem, aproxima-se o fim, sim, se apressa muito! Dentro em pouco não poderemos trabalhar tão livremente quanto agora. Cenas terríveis estão perante nós e o que temos por fazer devemos fazê-lo com pressa. Motivo para servir TS3 239 1 Faz pouco, no transcurso de uma noite, fui despertada do sono e vi os padecimentos que Cristo teve que suportar em favor dos homens. Seu sacrifício, as zombarias e os insultos sofridos às mãos de homens maus, Sua agonia no Jardim do Getsêmani, a traição e a crucifixão: tudo me foi revelado nitidamente. TS3 239 2 Vi Cristo em meio de um grande grupo de pessoas. Buscava Ele gravar-lhes na mente os Seus ensinos. Era, porém, menosprezado e repelido. Os homens O sobrecarregavam de injúrias e ignomínia. Este espetáculo me produziu grande angústia. Instei com Deus: "Que acontecerá a essas pessoas? Será que ninguém, dentre elas, renunciará ao conceito elevado que faz de si próprio, para, como criança buscar o Senhor? TS3 239 3 Ninguém quebrantará perante Deus o coração por meio de arrependimento e confissão?" TS3 239 4 Foi-me mostrada a agonia de Cristo no horto do Getsêmani, quando o cálice misterioso tremeu nas mãos do Redentor. "Meu Pai", orou Ele, "se é possível, passe de Mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres." Mateus 26:39. Ao interceder Ele com o Pai, grandes gotas de sangue Lhe caíam do rosto ao chão. Os elementos das trevas congregavam-se em torno do Salvador para desanimar-Lhe a alma. TS3 239 5 Erguendo-Se do chão, Cristo foi ao lugar onde deixara os discípulos e pedira que com Ele vigiassem e orassem para que não caíssem em tentação. Queria certificar-Se de que compreendiam a Sua agonia; experimentava a necessidade de simpatia humana. Achou-os, porém, dormindo. Três vezes os buscou, encontrando-os dormindo. TS3 239 6 Três vezes o Salvador orou: "Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice." Mateus 26:39. Foi então que o destino de um mundo perdido oscilou na balança. Se Cristo houvesse recusado beber o cálice, o resultado teria sido a ruína eterna da espécie humana. Um anjo do Céu, porém, fortaleceu o Filho de Deus para que aceitasse o cálice e bebesse a sua amarga sentença. TS3 239 7 Como são poucos os que reconhecem que tudo isso foi suportado por eles pessoalmente! Como são poucos os que dizem: "Isso foi feito por mim, a fim de que eu venha a formar caráter digno da vida futura imortal!" TS3 239 8 Ao serem-me, de maneira tão vívida, apresentadas essas coisas, pensei: "Nunca poderei apresentar ao público esse assunto tal como é"; e o que digo aqui é uma parte mínima do que me foi mostrado. Ao pensar eu naquele cálice que tremeu nas mãos de Cristo; ao considerar eu que Ele poderia haver-Se recusado a sorvê-lo e deixado o mundo perecer em seu pecado, fiz a decisão de consagrar todas as energias de minha vida ao trabalho de ganhar almas para Ele. TS3 240 1 Cristo veio ao mundo para sofrer e morrer a fim de que, pela fé nEle e mediante a apropriação dos Seus méritos, viéssemos a ser colaboradores de Deus. Era desígnio do Salvador que depois de subir ao Céu, para ali interceder em favor dos homens, Seus seguidores prosseguissem com a obra por Ele iniciada. Não demonstrará o instrumento humano interesse especial em transmitir a luz da mensagem do evangelho aos que jazem nas trevas? Alguns há que se dispõem a ir aos confins da Terra a fim de transmitir aos homens a luz da verdade, mas Deus requer que toda alma que conhece a verdade se esforce por conquistar outros para o amor da verdade. Como poderemos ser considerados dignos de entrar na cidade de Deus, se não nos dispomos a fazer verdadeiros sacrifícios para salvar as almas que estão prestes a perecer? TS3 240 2 Cada um de nós tem uma obra individual para cumprir. Eu sei que há muitos que se põem na devida relação com Cristo, e têm um único pensamento: apresentar ao mundo a mensagem da verdade presente. Estão sempre dispostos a oferecer os seus préstimos. Entristece-me, porém, ver tantos que se contentam com uma vida cristã empobrecida, e que pouco lhes custa. Mediante sua vida declaram que por eles Cristo morreu em vão. TS3 240 3 Se não considerais honroso participar dos sofrimentos de Cristo; se não sentis responsabilidade alguma pelas almas condenadas a perecer; se não vos dispondes a sacrifícios com o fim de economizar em proveito da obra que precisa ser feita, não haverá para vós lugar no reino de Deus. A cada passo precisamos ser participantes dos sofrimentos e da abnegação de Cristo. Precisamos ter em nós a operação do Espírito de Deus, guiando-nos continuamente pela senda do sacrifício. "Preparai-vos" TS3 240 4 "Eis que cedo venho", declara Cristo, "e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:12. Em Sua vinda, o Senhor examinará cada talento e exigirá os juros do capital que nos confiou. Por Sua própria humilhação e agonia; por Sua vida de trabalho e morte ignominiosa, Jesus pagou já os serviços de todos quantos se chamam pelo Seu nome e professam ser servos Seus. Cada qual tem o dever solene de aperfeiçoar todas as suas faculdades para a obra de ganhar almas para Ele. "Não sois de vós mesmos", diz Ele, "porque fostes comprados por bom preço"; portanto glorificar a Deus por meio de uma vida de serviço que arrebatará homens e mulheres do pecado para a justiça. 1 Coríntios 6:19, 20. Fomos comprados pelo preço da própria vida de Cristo -- comprados para que, mediante serviço fiel, devolvamos a Deus o que Lhe pertence. TS3 241 1 Não dispomos de tempo agora para dedicar as nossas energias e talentos a empreendimentos mundanos. Absorver-nos-emos tanto com servir o mundo, servindo-nos a nós mesmos, que venhamos a perder a vida eterna e a eterna felicidade do Céu? Oh! não nos podemos com isso conformar! Empreguemos na obra de Deus todo talento. Por meio de seus esforços, os que receberem a verdade devem aumentar o número de homens e mulheres que serão coobreiros de Deus. É preciso iluminar e ensinar as almas para que possam servir a Deus de maneira sábia; devem elas crescer continuamente no conhecimento da justiça. TS3 241 2 O Céu inteiro está interessado na execução da obra que Cristo veio fazer no mundo. Os seres celestiais estão preparando o caminho para que a luz da verdade brilhe nos lugares entenebrecidos da Terra. Os anjos estão prontos para entrar em contato com os que assumam a obra que nos foi designada há anos. Não manifestaremos nós interesse por buscar meios e modos de iniciar o trabalho nas cidades? TS3 241 3 Muitas oportunidades foram já perdidas por não haver-se empreendido imediatamente essa obra e não haver-se sabido prosseguir com fé. Diz o Senhor: "se houvésseis crido as mensagens que vos dirigi, não haveria tanta falta de obreiros nem de meios para sustentá-los." TS3 241 4 A vinda de Cristo está próxima, e apressa-se muito. O tempo que nos resta para trabalhar é curto, e há homens e mulheres que perecem. Disse o anjo: "Não deveriam os homens que receberam grande iluminação cooperar com Aquele que enviou Seu Filho ao mundo para conceder aos homens luz e salvação?" Acaso os homens que receberam o conhecimento da verdade, linha após linha, preceito sobre preceito, um pouco aqui e outro pouco ali, terão em pouca estima Aquele que veio à Terra para tornar toda alma crente participante do Seu divino poder? Assim é que a divindade de Cristo deveria operar a salvação da espécie humana, e tornar eficaz a intercessão de nosso Sumo Sacerdote junto ao trono de Deus. O plano foi ideado no Céu. Não saberão, os que foram comprados a tão alto preço, apreciar a grande salvação? TS3 241 5 Não pode o Senhor aprovar o povo que, conquanto professe piedade, e pretenda crer na breve vinda de Cristo, deixa de advertir as cidades quanto aos juízos que em breve hão de cair sobre a Terra. Os que assim procedem, serão julgados por sua negligência. Cristo deu a Sua preciosa vida para salvar as almas que perecem em pecados. Negar-nos-emos a cumprir a obra que nos foi designada, e a cooperar com Deus e os seres celestiais? TS3 242 1 Milhares de pessoas há que assim procedem, deixando de identificar-se com Cristo e, por meio das obras de justiça que são os frutos da graça salvadora, manifestar em sua vida o grande sacrifício de Cristo. Não obstante, essa é em realidade a obra conferida aos homens pelo sacrifício do Filho de Deus. Sabendo nós isto, poderemos ficar indiferentes? Meus irmãos, eu vos convido a despertardes. As faculdades espirituais não exercidas na conquista de almas para Cristo, enfraquecerão e morrerão. Que desculpa poderá ser apresentada para a negligência da grande e bela obra para cujo cumprimento Cristo imolou a vida? A verdade deve convencer TS3 242 2 Não podemos dedicar a coisas vãs e insignificantes os poucos dias que nos toca viver sobre a Terra. Devemos humilhar perante Deus a alma, de maneira que cada coração possa beber da fonte da verdade, e esta realize na vida uma reforma que convença o mundo de que é, de fato, a verdade divina. Esteja a nossa vida escondida com Cristo em Deus. Quando buscarmos o Senhor como criança, quando deixarmos de encontrar defeitos em nossos irmãos e irmãs, e nos que se esforçam por arcar fielmente com as responsabilidades da obra; quando buscarmos pôr o próprio coração em ordem para com Deus; então, e só então, poderá Ele usar-nos para a glória do Seu nome. TS3 242 3 Se quisermos que Deus Se agrade de nosso trabalho, todos deveremos assumir perante Ele atitude de sacrifício pessoal. Lembremos que a mera profissão nada é, a menos que a verdade esteja no coração. É necessário que o poder divino de converter se aposse de nós, a fim de compreendermos as necessidades de um mundo que perece. A principal mensagem de que fui encarregada de transmitir-vos, é: Preparai-vos, preparai-vos para o encontro com o Senhor. Espevitai as vossas lâmpadas para que a luz da verdade brilhe nos atalhos e valados. Há um mundo inteiro à espera de que lhes seja anunciada a proximidade do fim de todas as coisas. TS3 242 4 Irmãos e irmãs: Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado. Aproxima-se a hora em que os que desperdiçaram o tempo e as oportunidades se lamentarão de não haverem buscado a Deus. Ele vos concedeu a faculdade do raciocínio, e quer que a useis para vós mesmos e para a Sua obra. Quer que trabalheis para Ele com zelo nas igrejas. Quer que organizeis reuniões para as pessoas que não pertencem à igreja, de maneira que aprendam as verdades desta última mensagem de advertência. Lugares há onde sereis recebidos com júbilo, onde as almas vos agradecerão por terdes acorrido em sua ajuda. Oxalá vos ajude Deus a dedicar-vos como nunca o haveis feito ainda. Elevar as normas TS3 243 1 Comecemos a trabalhar com aqueles que ainda não receberam iluminação. "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra", declara o Salvador, "e eis que Eu estou convosco todos os dias." Mateus 28:18, 20. O de que precisamos é fé viva, fé para proclamar sobre o sepulcro aberto de José que temos um Salvador vivo, que irá adiante de nós e trabalhará conosco. Deus fará o trabalho, se Lhe fornecermos os instrumentos. Deve haver entre nós abundantemente mais oração e muito menos espírito de incredulidade. Devemos cada vez mais erguer perante o mundo as normas. Precisamos lembrar que, ao proclamarmos liberdade aos cativos e darmos o pão da vida às almas famintas, Cristo está sempre à nossa destra. Ao nos mantermos alerta para a urgência e importância de nossa obra, a salvação divina será revelada de maneira muito notável. TS3 243 2 Deus nos ajude a revestir-nos da armadura e a agir com fervor como se valesse a pena salvar homens e mulheres. Busquemos nova conversão. Precisamos da presença do Santo Espírito de Deus, para nos enternecer o coração e evitar que manifestemos no trabalho espírito rude. Oro a fim de que o Espírito Santo Se aposse inteiramente do nosso coração. Procedamos como filhos de Deus, que buscam o Seu conselho, e se dispõem a executar-Lhe os planos, onde quer que sejam apresentados. Deus será glorificado por um tal povo, e os que nos observam o zelo, dirão: Amém, amém. TS3 243 3 "Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te dos teus vestidos formosos, ó Jerusalém, cidade santa. ... Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! Eis a voz dos teus atalaias! Eles alçam a voz, juntamente exultam; porque olho a olho verão, quando o Senhor voltar a Sião. TS3 243 4 "Clamai cantando, exultai juntamente, desertos de Jerusalém; porque o Senhor consolou o Seu povo, remiu a Jerusalém. O Senhor desnudou o Seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da Terra verão a salvação do nosso Deus." Isaías 52:1-10. TS3 243 5 Tendes uma apreciação tão profunda do sacrifício feito no Calvário, que estais prontos para tornar qualquer outro interesse subordinado à obra de salvar almas? A mesma intensidade de desejo de salvar pecadores, que assinalou a vida do Salvador, assinala a vida de Seu verdadeiro discípulo. O cristão não tem desejo de viver para si. Deleita-se em consagrar ao serviço do Mestre tudo quanto tem e é. É movido pelo inexprimível desejo de ganhar almas para Cristo. Aos que nada possuem de semelhante desejo, seria melhor preocuparem-se com sua própria salvação. Orem pedindo o espírito de serviço. -- Testimonies for the Church 7:10 (1902). TS3 244 1 Se os cristãos agissem de comum acordo, avançando como um só homem, sob a direção de um único Poder, para a realização de um só objetivo, eles abalariam o mundo. -- Testimonies for the Church 9:221 (1909). ------------------------Capítulo 63 -- Apelo aos membros leigos TS3 244 2 Quando uma série de conferências é feita por obreiros de experiência em lugar em que vivem irmãos nossos, repousa sobre os crentes desse campo a solene obrigação de fazer tudo quanto está ao seu alcance para abrir o caminho para o Senhor atuar. Devem, orando, examinar a consciência e preparar o caminho para o Senhor, removendo todo pecado que os impediria de cooperar com Deus e com seus irmãos. TS3 244 3 Isto nem sempre tem sido compreendido plenamente. Satanás muitas vezes introduziu um espírito que tem impossibilitado os membros da igreja de discernir oportunidades para o serviço. Permitiram os crentes, não raro, que o inimigo por meio deles operasse no próprio tempo em que deveriam haver estado completamente consagrados a Deus e ao avançamento de Sua obra. Inconscientemente se têm extraviado para longe do caminho da justiça. Acalentando espírito de crítica e censura, farisaica piedade e orgulho, afastaram de si o Espírito de Deus, retardando grandemente a obra dos mensageiros divinos. TS3 244 4 Este mal tem sido apontado muitas vezes, e em muitos lugares. Por vezes os que condescenderam com o espírito de crítica e condenação, arrependeram-se, convertendo-se. Então Deus os pôde usar para honra e glória de Seu nome. TS3 244 5 Estamos vivendo num período especial da história da Terra. Uma grande obra tem que ser feita em espaço de tempo muito curto, e cada cristão deve desempenhar uma parte na manutenção dessa obra. Deus está chamando homens que se consagrem à obra de ganhar almas. Quando começarmos a compreender que sacrifício Cristo fez para salvar um mundo a perecer, ver-se-á luta veemente para salvar almas. Oxalá todas as nossas igrejas vejam e reconheçam o sacrifício infinito de Cristo! Um movimento de reforma TS3 245 1 Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram realizados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecoste. Viam-se centenas e milhares visitando famílias e abrindo perante elas a Palavra de Deus. Os corações eram convencidos pelo poder do Espírito Santo, e manifestava-se um espírito de genuína conversão. Portas se abriam por toda parte para a proclamação da verdade. O mundo parecia iluminado pela influência celestial. Grandes bênçãos eram recebidas pelo fiel e humilde povo de Deus. Ouvi vozes de ações de graças e louvor, e parecia haver uma reforma como a que testemunhamos em 1844. TS3 245 2 Contudo, alguns se recusavam a converter-se. Não estavam dispostos a andar nos caminhos de Deus, e quando, para poder avançar a obra divina, eram feitos pedidos de ofertas voluntárias, alguns se apegavam egoistamente às suas posses terrestres. Esses ambiciosos foram separados do grupo de crentes. TS3 245 3 Os juízos de Deus estão na Terra e, sob a influência do Espírito Santo, precisamos dar a mensagem de advertência que Ele nos confiou. Temos que proclamar essa mensagem com rapidez, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Os homens serão em breve forçados a tomar grandes decisões, e nosso dever é cuidar de que lhes seja proporcionada a oportunidade de compreenderem a verdade, a fim de que se decidam inteligentemente pelo direito. O Senhor chama Seu povo para trabalhar -- trabalhar zelosa e prudentemente -- enquanto dura o tempo da graça. Importância do trabalho pessoal TS3 245 4 Entre os membros de nossas igrejas deve haver mais trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e distribuindo literatura. O caráter cristão só pode ser formado simétrica e completamente quando o agente humano considera um privilégio trabalhar desinteressadamente na proclamação da verdade e sustentar a causa de Deus com meios. Precisamos semear sobre todas as águas, conservando a alma no amor de Deus, trabalhando enquanto é dia, e empregando os meios que o Senhor nos deu para cumprir o dever que primeiro vier, seja ele qual for. O que quer que nossas mãos encontrem para fazer, devemos fazê-lo com fidelidade; seja qual for o sacrifício que sejamos chamados a fazer devemos fazê-lo alegremente. Ao semearmos sobre todas as águas, experimentaremos que "o que semeia em abundância, em abundância também ceifará". 2 Coríntios 9:6. TS3 246 1 O exemplo de Cristo deve ser imitado por quem professa ser filho de Deus. Aliviai as necessidades materiais de vossos semelhantes, e sua gratidão quebrará as barreiras, permitindo cativar-lhes o coração. Considerai seriamente este assunto. Como igrejas, tivestes oportunidade de trabalhar como cooperadores de Deus. Se tivésseis obedecido à Palavra de Deus, se tivésseis participado desta obra, teríeis sido abençoados e encorajados, e alcançado rica experiência. Ter-vos-íeis achado, como os agentes humanos de Deus, advogando fervorosamente um plano de salvação, de restauração. Esse plano não seria fixo, mas progressivo, avançando de graça em graça e de força em força. TS3 246 2 O Senhor me apresentou a obra que tem que ser feita em nossas cidades. Os crentes aí devem trabalhar para Deus nas vizinhanças de sua casa. Devem fazê-lo quieta e humildemente, levando consigo, aonde quer que forem, a atmosfera do Céu. Se perderem de vista o próprio eu, apontando sempre para Cristo, será sentido o poder de sua influência. TS3 246 3 Não é propósito do Senhor que os pastores sejam deixados a fazer a maior parte da obra de semear as sementes da verdade. Homens que não são chamados para o ministério devem trabalhar por seu Mestre segundo a habilidade de cada um. Quando um obreiro se entrega sem reservas ao serviço do Senhor, adquire uma experiência que o habilita a trabalhar para seu Mestre com êxito cada vez maior. A influência que o atraiu para Cristo, ajuda a atrair outros. Pode ser que nunca lhe seja atribuída a obra de um orador público, mas nem por isso deixa de ser ministro de Deus, e sua obra testifica ser ele nascido de Deus. TS3 246 4 As mulheres, na mesma maneira que os homens, podem empenhar-se na obra de colocar a verdade onde possa atuar e manifestar-se. Podem ocupar seu lugar na obra, na presente crise, e o Senhor há de operar por seu intermédio. Se estiverem possuídas do sentimento do dever, e trabalharem sob a influência do Espírito de Deus, possuirão exatamente a serenidade tão necessária no tempo atual. O Salvador refletirá sobre essas abnegadas mulheres a luz de Seu semblante, e isso lhes dará uma força que excederá à dos homens. Elas podem fazer nas famílias uma obra que aos homens não é possível, uma obra que alcança a vida interior. É-lhes dado pôr-se em contato íntimo com o coração de pessoas de quem os homens não se podem aproximar. Sua obra é necessária. Mulheres discretas e humildes podem realizar boa obra explicando a verdade ao povo, em suas casas. Assim explanada, a Palavra de Deus efetuará sua obra, qual fermento, e mediante sua influência converter-se-ão famílias inteiras. TS3 247 1 Meus irmãos e irmãs, estudai vossos planos; lançai mão de toda oportunidade de falar aos vossos vizinhos e companheiros, ou ler-lhes alguma coisa dos livros que contêm a verdade presente. Mostrai que considerais coisa de suprema importância a salvação das almas por quem Cristo tão grande sacrifício fez. TS3 247 2 Ao trabalhardes pelas almas que perecem, tendes como companheiros os anjos. Milhares de milhares, e miríades de miríades de anjos aguardam a oportunidade de cooperar com os membros de nossas igrejas para comunicar a luz que Deus generosamente concedeu, a fim de que se prepare um povo para a vinda de Cristo. "Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação." 2 Coríntios 6:2. Que cada família busque do Senhor, em oração fervorosa, auxílio para fazer a obra de Deus. TS3 247 3 Não passeis por alto as coisas pequenas, esperando por uma grande obra. Podeis fazer com êxito a obra pequena, mas falhar completamente ao tentar uma obra maior, e cair em desânimo. Lançai mão de qualquer obra que virdes ser necessária. Quer sejais rico quer pobre, grande ou humilde, Deus vos chama para efetuar um serviço ativo para Ele. Será fazendo com todas as vossas forças o que vos vier às mãos, que desenvolvereis talento e aptidões para a obra. E é negligenciando vossas oportunidades diárias que vos tornais infrutíferos e áridos. Esta é a razão por que há tantas árvores estéreis no pomar do Senhor. TS3 247 4 No círculo doméstico, junto à família de vosso vizinho, ao leito do enfermo, podeis de maneira calma ler as Escrituras e falar uma palavra a favor de Jesus e da verdade. Poderão assim ser semeadas preciosas sementes, que hão de germinar, e depois de muitos dias produzir frutos. Atentos às oportunidades da providência TS3 247 5 Há um trabalho missionário para ser feito em muitos lugares não prometedores. O espírito missionário precisa apoderar-se de nossa alma, estimulando-nos a alcançar classes de pessoas pelas quais não tínhamos planejado trabalhar, e em maneiras e lugares que não tínhamos idéia de fazê-lo. O Senhor tem Seu plano quanto ao lançamento da semente do evangelho. Semeando-a de acordo com a Sua vontade, de tal modo multiplicaremos a semente, que Sua Palavra poderá atingir milhares que nunca antes ouviram a verdade. TS3 248 1 Por toda parte se apresentam oportunidades. Avançai em cada oportunidade que a Providência vos depara. Os olhos têm que ser ungidos com o colírio celestial, para ver e perceber suas oportunidades. Deus chama agora obreiros que estejam muito despertos. Há caminhos que hão de ser-nos apresentados. Havemos de ver e compreender essas providenciais oportunidades. TS3 248 2 Os mensageiros de Deus são incumbidos de empenhar-se na mesma obra que Cristo fazia enquanto esteve na Terra. Devem-se entregar a todos os ramos de serviço que Ele desenvolveu. Com zelo e sinceridade, devem falar aos homens acerca das insondáveis riquezas e do imortal tesouro celeste. Devem ser enchidos do Espírito Santo. Devem repetir os oferecimentos de paz e perdão feitos pelo Céu. Devem apontar para as portas da cidade de Deus, dizendo: "Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas." Apocalipse 22:14. Espírito de abnegação TS3 248 3 Todo membro da igreja deve abrigar espírito de sacrifício. Em todo lar devem ser ensinadas lições de abnegação. Pais e mães, ensinai vossos filhos a economizar. Animai-os a poupar suas moedinhas, para o trabalho missionário. Cristo é nosso exemplo. Por nossa causa Ele Se fez pobre, a fim de que, por Sua pobreza enriquecêssemos. Ele ensinou que todos devem agregar-se com amor e unidade, para trabalhar como Ele trabalhava, para fazer sacrifícios como Ele fazia, para amar como filhos de Deus. TS3 248 4 Irmãos e irmãs, tendes que estar dispostos a vos converterdes, a fim de praticar a abnegação de Cristo. Vesti-vos com simplicidade, mas com asseio. Gastai o menos possível convosco. Tende em vosso lar um cofrinho de moedas, no qual possais depor o dinheiro poupado por pequeninos atos de abnegação. Dia a dia obtende compreensão mais clara da Palavra de Deus, e aproveitai todas as oportunidades de comunicar aos outros o conhecimento que adquiristes. Não vos canseis de fazer o bem, pois Deus vos está constantemente comunicando a grande bênção de Seu dom ao mundo. Cooperai com o Senhor Jesus, e Ele vos ensinará as inapreciáveis lições de Seu amor. O tempo é curto; na devida ocasião, quando não houver mais tempo, recebereis vossa recompensa. TS3 248 5 Aos que amam sinceramente a Deus e possuem meios, sou mandada dizer: Agora é o tempo para inverterdes vossos meios no sustento da obra do Senhor. Agora é o tempo de apoiar as mãos dos pastores em seus esforços abnegados para salvar almas que perecem. Ao encontrardes, nas cortes celestes, as almas que ajudastes a salvar, não vos sentireis então gloriosamente recompensados? TS3 249 1 Ninguém retenha suas moedinhas, e os que muito possuem, se regozijem por poder acumular no Céu um tesouro que nunca acaba. O dinheiro que recusamos empregar na obra do Senhor, há de perecer. Sobre ele nenhum juro se acumulará no banco do Céu. TS3 249 2 Nas palavras seguintes, descreve o apóstolo Paulo os que sonegam a Deus o que Lhe pertence: "Os que querem ser ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1 Timóteo 6:9, 10. TS3 249 3 Quer dizer muito semear sobre todas as águas. Significa uma comunicação contínua de dons e ofertas. Deus proporcionará recursos, de maneira que o fiel mordomo de Seus meios seja suprido com suficiência em todas as coisas, e seja capacitado para realizar toda boa obra. "Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. Ora, Aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça." 2 Coríntios 9:9, 10. A semente semeada pródiga e liberalmente, o Senhor a toma a Seu cargo. Aquele que dá a semente ao semeador, dá ao Seu obreiro aquilo que o capacita para cooperar com o Doador da semente. TS3 249 4 O Senhor convida hoje os adventistas do sétimo dia de todas as partes para a Ele se consagrarem, e fazerem, segundo sua capacidade, o máximo que lhes for possível para auxiliar Sua obra. Por sua liberalidade ao fazer donativos e ofertas, deseja Ele que revelem apreço por Suas bênçãos e gratidão por Sua misericórdia. TS3 249 5 Caros irmãos e irmãs, todo o dinheiro que temos pertence ao Senhor. Apelo agora para vós, em nome do Senhor, a fim de que vos unais para levar a feliz finalização os empreendimentos que foram iniciados segundo os conselhos de Deus. Não seja dificultado e tornado fatigante o trabalho de estabelecer monumentos de Deus em muitos lugares pelo motivo de serem retidos os meios necessários. Não desacoroçoem os que estão lutando por erguer empresas importantes, quer sejam grandes quer pequenas, por sermos vagarosos no unir-nos e pôr essas empresas em condições de prestarem serviço eficiente. Levante-se todo o nosso povo e veja o que pode fazer. Mostre que existe unidade e força entre os adventistas do sétimo dia. Condições do serviço aceitável TS3 249 6 Como povo, devemos chegar a uma sagrada proximidade de Deus. Precisamos da luz do Céu a brilhar-nos no coração, e no íntimo do nosso espírito; precisamos da sabedoria que só Deus pode dar, se quisermos com êxito levar a mensagem a essas cidades. Arregimentem-se as nossas igrejas de toda parte. Nenhum dos que pelo batismo se comprometeram a viver para o serviço e glória de Deus, retire o seu compromisso. Há um mundo para ser salvo: incite-nos este pensamento para maiores sacrifícios e mais fervoroso labor pelos que estão fora do caminho. TS3 250 1 Ao seguirdes os princípios da Palavra de Deus, vossa influência será valiosa para qualquer igreja, qualquer organização. Deveis ir em socorro do Senhor, contra os valentes. Todas as palavras frívolas, toda leviandade e trivialidade, são engodos do inimigo para vos privar da força espiritual. Fortalecei-vos contra esse mal, em nome do Deus de Israel. Se vos humilhardes perante Deus, Ele vos dará uma mensagem para os que se acham nos caminhos e valados, e os que, em países estrangeiros, carecem de vosso auxílio. Limpai vossas lâmpadas e conservai-as acesas, para que reveleis por palavras e atos, preciosos raios de luz. TS3 250 2 Se nos quisermos entregar ao Senhor para o Seu serviço, Ele nos instruirá quanto ao que devemos fazer. Se entrarmos em relações íntimas com Deus, Ele trabalhará conosco. Não nos absorvamos tanto com nós mesmos e com nossos interesses, que nos esqueçamos dos que estão a galgar a escada da experiência cristã e precisam de nosso auxílio. Precisamos estar prontos para usar na obra do Senhor a capacidade que nos confiou, prontos para proferir palavras a tempo e fora de tempo -- palavras que ajudem e abençoem. TS3 250 3 Há centenas do nosso povo que deveriam estar fora, no campo, os quais pouco ou nada estão fazendo, para o avançamento da mensagem. Os que tiverem toda vantagem de conhecer a verdade, que receberam instruções, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento, um pouco aqui, um pouco ali, têm sobre si grande responsabilidade, relativamente a essas almas que nunca ouviram a última mensagem evangélica. TS3 250 4 Se neste tempo oportuno os membros da igreja se chegarem humildemente à presença de Deus, afastando do coração todo mal, e consultando-O a cada passo, Ele Se lhes manifestará, e lhes dará ânimo nEle. E, fazendo os membros da igreja fielmente a sua parte, o Senhor dirigirá e guiará Seus ministros escolhidos, e fortalecê-los-á para sua importante obra. Com muita oração, unamo-nos todos em apoiar-lhes as mãos, e em colher brilhantes raios de luz do santuário celestial. TS3 250 5 O fim está perto, aproximando-se furtivamente, imperceptivelmente, como a silenciosa aproximação de um ladrão de noite. Conceda o Senhor que não fiquemos por mais tempo a dormir como fazem os outros, mas vigiemos e sejamos sóbrios. A verdade há de em breve triunfar gloriosamente, e todos quantos agora escolhem ser coobreiros de Deus, com ela triunfarão. O tempo é curto; vem logo a noite, quando homem nenhum poderá trabalhar. Que os que agora estão jubilosos na luz da verdade presente, apressem-se a comunicá-la a outros. O Senhor está indagando: "A quem enviarei?" Os que desejam fazer sacrifício pela causa da verdade devem responder agora: "Eis-me aqui, envia-me a mim." Isaías 6:8. ------------------------Capítulo 64 -- Fidelidade na reforma do regime alimentar TS3 251 1 Fui incumbida de dirigir uma mensagem a todo o nosso povo no tocante à reforma do regime alimentar; pois muitos se têm desviado de sua anterior fidelidade a esses princípios. TS3 251 2 O propósito de Deus, em relação aos Seus filhos, é que cresçam até à estatura perfeita de homens e mulheres em Cristo Jesus. Para o conseguir, cumpre que façam uso legítimo de toda faculdade do espírito, alma e corpo. Não devem desperdiçar nenhuma força mental nem física. TS3 251 3 O assunto de como preservar a saúde é de importância capital. Estudando-o no temor de Deus, acharemos que o melhor para a nossa prosperidade, tanto física como espiritual, é observar regime alimentar simples. Estudemos pacientemente a questão. Necessitamos de sabedoria e bom critério, a fim de proceder sabiamente neste assunto. As leis da natureza não devem ser contrariadas, mas obedecidas. TS3 251 4 Os que têm sido instruídos com relação aos efeitos prejudiciais do uso da alimentação cárnea, do chá e do café, bem como de comidas muito condimentadas, e que estão resolvidos a fazer com Deus um concerto com sacrifício, não hão de continuar a satisfazer o seu apetite com alimentos que sabem ser prejudiciais à saúde. Deus requer que o apetite seja dominado, e se pratique a renúncia no tocante às coisas que fazem mal. É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dEle perfeito. Responsabilidade pessoal TS3 252 1 O povo remanescente de Deus deve estar convertido. A apresentação desta mensagem, visa à conversão e santificação das almas. Devemos sentir neste movimento a virtude do Espírito de Deus. É esta uma mensagem maravilhosa e definida; significa tudo para quem a recebe e deve ser proclamada em alta voz. Devemos ter fé verdadeira e constante em que esta mensagem há de continuar aumentando de importância até ao fim. TS3 252 2 Alguns crentes professos aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, ao passo que rejeitam outras que condenam suas inclinações favoritas. Essas pessoas estão contrariando a própria prosperidade, bem como a da igreja. Importa que andemos na luz, enquanto ela estiver conosco. Os que dizem crer na reforma do regime alimentar, e contudo lhe contrariam os princípios nas suas práticas cotidianas, estão prejudicando a própria alma, deixando má impressão no espírito de outros crentes e dos incrédulos. Vigor mediante a obediência TS3 252 3 Arcam com grande responsabilidade os que conhecem a verdade, para conseguir que todas as suas obras correspondam à sua fé, sua vida seja purificada e santificada, e eles preparados para a obra que tem de ser rapidamente feita nestes últimos dias. Não dispõem de tempo nem de forças para gastá-los com satisfazer o apetite. As seguintes palavras devem soar-nos aos ouvidos com impressiva gravidade: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor." Atos dos Apóstolos 3:19. TS3 252 4 Muitos dentre nós têm espiritualidade deficiente, e, a menos que sejam totalmente convertidos, se perderão irremediavelmente. Quereis correr este risco? TS3 252 5 Orgulho e fraqueza de fé privam a muitos das ricas bênçãos de Deus. Muitos há que, se não se humilharem diante de Deus, hão de ficar surpreendidos e desapontados quando soar o clamor: "Aí vem o esposo!" Mateus 25:6. Têm a teoria da verdade, falta-lhes, porém, o óleo nos vasos para as lâmpadas. Nossa fé no presente tempo não deve consistir em mero assentimento ou em simplesmente acreditar a teoria da terceira mensagem. Precisamos do óleo da graça de Cristo para prover as nossas lâmpadas, e fazer que a luz de nossa vida brilhe, indicando o caminho aos que estiverem em trevas. TS3 253 1 Se quisermos fugir de uma experiência claudicante, cumpre-nos operar com diligência e sem demora a nossa própria salvação, e isto com temor e tremor. Muitos há que não dão prova categórica de sua fidelidade aos votos do batismo. Seu zelo está arrefecido pela formalidade, ambições mundanas, orgulho e amor-próprio. De quando em quando, seus sentimentos são estimulados, porém não se deixam cair sobre a rocha, Cristo Jesus. Não se chegam a Deus com coração contrito e arrependido, confessando seus pecados. TS3 253 2 Os que em seu coração experimentam os efeitos da legítima conversão, hão de em sua vida revelar os frutos do Espírito. Oxalá se persuadissem todos os que têm vida espiritual tão diminuta, de que a vida eterna só será concedida aos que participam da natureza divina, fugindo às corrupções e concupiscências deste século! TS3 253 3 Somente a virtude de Cristo é que pode operar uma transformação do coração e do espírito, a qual todos necessitam a fim de poder com Ele partilhar a nova vida no reino dos Céus. "Aquele que não nascer de novo", disse Jesus, "não pode ver o reino de Deus". João 3:3. A religião que vem de Deus é a única que a Ele conduz. Para podermos servi-Lo como convém, importa nascer do divino Espírito. Seremos então induzidos à vigilância, tendo purificado o coração e renovado o entendimento, e obtido graça para conhecer e amar a Deus. Isto nos tornará dispostos para obedecer a todos os reclamos divinos, que é o em que consiste o culto legítimo. TS3 253 4 Deus requer de Seu povo crescimento progressivo. Devemos aprender que condescender com o apetite constitui o maior embaraço ao cultivo do espírito e à santificação da alma. Apesar de sua adesão à reforma do regime alimentar, muitos seguem regime impróprio. A transigência com o apetite é a causa principal da debilidade física e mental, e é em grande parte responsável pela fraqueza e morte prematura de muitos. Todo indivíduo que aspira à pureza de espírito, deve ter sempre presente que em Cristo há virtude para vencer o apetite. A alimentação cárnea TS3 253 5 Se pudéssemos auferir qualquer benefício da condescendência com o desejo de alimentos cárneos, eu não vos faria este apelo. Mas sei que tal não se dá. A alimentação cárnea é prejudicial ao bem-estar físico e devemos aprender a passar sem ela. Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às suas preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, a pouco e pouco se tornarão descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão por fim incapazes de discernir estas, colhendo o que semearam. TS3 254 1 Aos alunos de nossas escolas não se deve servir carne nem quaisquer outros alimentos que se sabe serem prejudiciais. Nada que possa promover o apetite de estimulantes deve ser posto à mesa. Apelo para os velhos, os moços e os de meia-idade. Negai ao vosso apetite o que vos possa causar dano. Servi ao Senhor com sacrifício. TS3 254 2 As próprias crianças devem desempenhar parte inteligente nesta obra. Somos todos membros de uma só família e Deus quer que Seus filhos, tanto moços como velhos, se resolvam a negar-se no apetite e a poupar os meios necessários à construção de casas de culto e ao sustento dos missionários. TS3 254 3 Estou habilitada a dizer aos pais: Colocai-vos nesta questão com alma e espírito ao lado do Senhor. Precisamos lembrar constantemente que estamos em juízo perante o Senhor do Universo nestes dias de graça. Não vos quereis libertar das condescendências que vos estão prejudicando? É fácil fazer uma profissão formal de fé; testifiquem, porém, os vossos atos de renúncia, de vossa obediência aos preceitos que Deus estabelece para Seu povo peculiar. Deponde então na tesouraria da igreja uma parte das economias que realizardes por meio desses atos; e não escassearão os meios para realizar a obra de Deus. TS3 254 4 Muitos há que sentem não poderem permanecer por muito tempo sem o uso de alimentos cárneos; mas se essas pessoas se colocassem do lado do Senhor, absolutamente resolvidas a andar no caminho pelo qual Ele deseja guiá-las, receberiam força e sabedoria, como sucedeu a Daniel e seus companheiros. Veriam como o Senhor lhes pode dar bom discernimento, e se surpreenderiam ao ver quanto pode ser poupado para a obra de Deus pelos atos de renúncia. As pequenas somas poupadas por atos de sacrifício farão mais para o levantamento da obra de Deus do que os grandes donativos que forem feitos sem renúncia do eu. TS3 254 5 Os adventistas do sétimo dia proclamam verdades momentosas. Há mais de quarenta anos o Senhor nos deu luz especial sobre a reforma do regime alimentar, mas de que modo estamos andando nessa luz? Quantos têm recusado viver de acordo com os conselhos de Deus! Como povo, nossos progressos deveriam ser proporcionais à luz que recebemos. Nosso dever é compreender e respeitar os princípios da reforma do regime alimentar. No tocante à temperança, deveríamos haver progredido mais do que qualquer outro povo e, entretanto, há ainda entre nós membros da igreja bem instruídos e mesmo ministros do evangelho que têm pouco respeito pela luz que Deus deu sobre o assunto. Comem o que lhes apraz e procedem do mesmo modo. TS3 254 6 Os que ocupam cargo de instrutor e dirigente em nossa causa devem estar firmados no terreno da Bíblia, com relação à reforma do regime alimentar e dar testemunho decidido aos que crêem que estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo. Cumpre traçar uma linha divisória entre os que servem a Deus e os que servem a si próprios. TS3 255 1 Os princípios que nos foram propostos no começo desta mensagem são tão importantes e devem ser considerados com tanta consciência hoje em dia como o foram então. Muitos há que nunca seguiram a luz dada com respeito ao regime alimentar. É tempo de tirar a luz de sob o alqueire e fazê-la resplandecer com radiação clara e luminosa. TS3 255 2 Os princípios do regime alimentar significam muito para nós, individualmente, e como povo. Quando pela primeira vez me veio a mensagem da reforma alimentar, eu era fraca e muito débil, sujeita a desmaios freqüentes. Roguei a Deus que me auxiliasse, e Ele me apresentou a grande questão da reforma da alimentação. Revelou-me que os que estão guardando os Seus mandamentos, deverão ser postos em relação sagrada com Ele e, por meio da temperança observada no comer e no beber, conservar o espírito e o corpo nas condições mais favoráveis para o Seu serviço. Essa luz me foi uma grande bênção. Tomei posição como observadora da reforma do regime alimentar, sabendo que o Senhor me fortaleceria. Tenho hoje melhor saúde do que na juventude, apesar da minha idade. TS3 255 3 Houve quem alegasse que não tenho seguido os princípios da reforma alimentar, tais como os defendo com a pena; posso, entretanto, dizer que tenho sido fiel a essa reforma. Os membros da minha família sabem que isso é verdade. "Para a glória de Deus" TS3 255 4 Não estabelecemos regra alguma para ser seguida no regime alimentar, mas dizemos que nos países onde são comuns as frutas, cereais e nozes, os alimentos cárneos não constituem alimentação própria para o povo de Deus. Fui instruída que a alimentação de carne tende a embrutecer a natureza e a privar os homens daquele amor e simpatia que devem sentir uns pelos outros, dando aos instintos baixos o domínio sobre as faculdades superiores do ser. Se a alimentação de carne foi saudável algum dia, é perigosa agora. Constitui em grande parte a causa dos cânceres, tumores e moléstias dos pulmões. TS3 255 5 Não nos compete fazer do uso da alimentação cárnea uma prova de comunhão; devemos, porém, considerar a influência que crentes professos, que fazem uso de carne, têm sobre outras pessoas. Como mensageiros de Deus, não devemos testemunhar ao povo: "Quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus"? 1 Coríntios 10:31. Não devemos dar um testemunho decidido contra a transigência com o apetite pervertido? Porventura os ministros do evangelho, que estão a proclamar a verdade mais solene já enviada aos mortais, devem constituir-se exemplo no regresso às panelas de carne do Egito? É lícito que os que são sustentados pelos dízimos dos celeiros de Deus se permitam a condescendência que tende a envenenar a corrente vivificadora que lhes flui nas veias? Desprezarão a luz que Deus lhes deu e as advertências que lhes faz? A saúde do corpo deve ser considerada como essencial para o crescimento na graça e para a aquisição de bom temperamento. Se o estômago não for bem cuidado, a formação de caráter moral íntegro será prejudicada. O cérebro e os nervos relacionam-se com o estômago. O comer e o beber impróprios resultam num pensar e agir impróprios também. TS3 256 1 Todos estão sendo agora experimentados e provados. Fomos batizados em Cristo, e, se desempenharmos nossa parte em renunciar tudo o que nos afeta desfavoravelmente, fazendo de nós o que não devemos ser, ser-nos-á concedida força para o crescimento em Cristo, que é a nossa cabeça viva, e veremos a salvação de Deus. TS3 256 2 Somente quando dermos atenção inteligente aos princípios do viver saudável, seremos habilitados a ver os males que resultam do regime impróprio. Os que, depois de reconhecerem seus erros, tiverem coragem para reformar seus hábitos; hão de experimentar que o processo da reforma exige lutas e muita perseverança. Uma vez educados os gostos, porém, reconhecerão que o uso de alimentos que antes haviam considerado inofensivos, estivera, pouco a pouco, mas de modo seguro, lançando bases para a dispepsia e outras moléstias. TS3 256 3 Pais e mães, vigiai em oração. Ponde-vos em guarda rigorosa contra a intemperança sob qualquer forma. Ensinai aos vossos filhos os princípios da verdadeira reforma pró-saúde. Ensinai-lhes o que lhes convém evitar, a fim de preservar a saúde. Já a ira de Deus está começando a manifestar-se sobre os filhos da desobediência. Quantos crimes, pecados e práticas iníquas estão-se manifestando por todos os lados! Como um povo, devemos ter o maior cuidado em guardar nossos filhos da companhia depravada. O ensino dos princípios de saúde TS3 256 4 Para educar o povo nos princípios da reforma de saúde, é mister que se façam maiores esforços. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, na arte de preparar alimentos saudáveis. Todos, adultos e jovens, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mão dos alimentos animais. TS3 257 1 Ensinai ao povo que é melhor saber conservar a saúde do que curar as enfermidades. Nossos médicos devem ser educadores sábios, advertindo a todos contra a tolerância dos apetites e mostrando que a abstinência das coisas que Deus proibiu é o único modo de evitar a ruína não só do corpo, mas também do espírito. TS3 257 2 Muito cuidado e habilidade devem ser empregados na preparação dos alimentos destinados a substituir os que antigamente constituíam o regime alimentar dos que agora estão aprendendo a ser reformadores. Para esse fim requer-se fé em Deus, firmeza de propósito e o desejo de promover o auxílio mútuo. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta o opróbrio da causa da reforma pró-saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo. Exageros no regime alimentar TS3 257 3 Alguns de nosso povo, posto que se abstenham conscienciosamente de alimentos impróprios, deixam, todavia, de suprir-se dos elementos necessários ao sustento do corpo. Nutrindo idéias exageradas a respeito da reforma pró-saúde, correm o risco de preparar pratos tão insípidos que não satisfazem. Cumpre preparar o alimento de modo a ser não só apetitoso, como substancial. Não se deve subtrair ao corpo o que ele necessita. Eu uso sal e sempre o usei, porque o sal, em vez de produzir efeito deletério, é realmente essencial para o sangue. Os vegetais devem tornar-se saborosos com um pouco de leite, nata, ou algo equivalente. TS3 257 4 Posto que se tenha advertido contra o perigo de contrair enfermidades pelo uso de manteiga e contra os males provenientes do uso abundante de ovos por parte das crianças, não devemos considerar violação do princípio, usar ovos de galinhas bem tratadas e convenientemente alimentadas. Os ovos contêm propriedades que são agentes medicinais neutralizantes de certos venenos. TS3 257 5 Abstendo-se de leite, ovos e manteiga, alguns deixaram de prover ao organismo o alimento necessário e, em conseqüência, se enfraqueceram e incapacitaram para o trabalho. Assim a reforma pró-saúde perde o seu prestígio. A obra que temos procurado construir solidamente, confunde-se com coisas estranhas que Deus não exigiu, e as energias da igreja se paralisam. Mas Deus intervirá para evitar os resultados de idéias tão extremadas. O evangelho tem por alvo harmonizar a raça pecaminosa. O seu fim é levar ricos e pobres, conjuntamente, aos pés de Jesus. TS3 257 6 Tempo virá em que talvez tenhamos que deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime, tais como leite, nata e ovos, mas não é necessário provocar perplexidades para nós mesmos com restrições exageradas e prematuras. Esperai até que as circunstâncias o exijam e o Senhor prepare caminho para isso. TS3 258 1 Os que almejam êxito na proclamação dos princípios da reforma pró-saúde, deverão fazer da Palavra de Deus seu guia e conselheiro. Somente quando assim procederem é que os mestres dos princípios dessa reforma poderão permanecer em terreno vantajoso. Evitemos dar testemunho contra ela, deixando de usar alimentos nutritivos e saborosos em lugar dos artigos prejudiciais do regime que abandonamos. De forma alguma satisfaçais o vosso apetite quando este requer estimulantes. Tomai somente alimentos simples, nutritivos e agradecei a Deus constantemente os princípios da reforma pró-saúde. Em todas as coisas sede verdadeiros e retos, e ganhareis vitórias preciosas. O regime alimentar em países diversos TS3 258 2 Conquanto trabalhando contra a glutonaria e a intemperança, necessitamos reconhecer a condição a que está sujeita a família humana. Deus fez provisões para os que vivem nas diversas partes do mundo. Os que desejam ser Seus cooperadores devem refletir maduramente antes de especificar os alimentos que devem ser usados e os que não devem. Cumpre colocar-nos em ligação íntima com as massas. Se a reforma pró-saúde com todo o seu rigor, for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem a sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem. Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que tomem os alimentos mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: "Não deveis comer ovos, nem usar leite ou nata. Não deveis empregar manteiga no preparo de vossos alimentos." Cumpre que o evangelho seja pregado aos pobres, mas ainda não chegamos ao tempo em que deverá ser prescrito o regime dietético mais rigoroso. Palavras aos vacilantes TS3 258 3 Os pastores que se sentem em liberdade para tolerar o apetite estão longe de atingir o alvo. Deus os quer como reformadores pró-saúde. Deseja-os vivendo na luz que foi dada sobre este assunto. Entristece-me ver os que deveriam ser zelosos dos nossos princípios de saúde, ainda não convertidos ao modo de vida que nos convém. Oro ao Senhor para que lhes impressione o espírito com o fato de que estão sofrendo grande perda. Se tudo fosse como deveria ser nos lares de que se compõem nossas igrejas, faríamos trabalho dobrado para o Senhor. Condições da oração aceitável TS3 258 4 A fim de serem purificados e permanecerem puros, os adventistas do sétimo dia deverão possuir o Espírito Santo em seu coração e lar. O Senhor me revelou que quando o Israel de hoje se humilhar perante Ele e limpar toda mancha que porventura contamine o templo da alma, ouvir-lhe-á as orações em favor dos enfermos e os abençoará no uso de Seus remédios. Se o agente humano fizer pela fé tudo quanto puder para combater a enfermidade, empregando os métodos simples de tratamento por Deus providos, seus esforços serão abençoados por Ele. TS3 259 1 Se depois de tanta luz que lhes foi dada, os filhos de Deus ainda mantiverem hábitos errôneos, condescendendo com o apetite e recusando reformar-se, sofrerão fatalmente as conseqüências da transgressão. Se se propuserem satisfazer o apetite pervertido, seja a que preço for, Deus não os salvará miraculosamente daquilo que é o resultado de sua condescendência. "Em tormentos jazereis." Isaías 50:11. TS3 259 2 Os que preferem ser presunçosos, dizendo: "O Senhor me curou, não necessito restringir o regime dietético; posso comer e beber o que me aprouver", necessitarão, no corpo e na alma, do poder restaurador de Deus. Em vista de o Senhor vos ter misericordiosamente curado, não deveis supor que podeis acompanhar as práticas condescendentes do mundo. Fazei o que Cristo ordenava, depois de operada a cura: "Vai-te, e não peques mais." João 8:11. O apetite não deve ser vosso deus. TS3 259 3 O Senhor deu Sua palavra ao Israel antigo de que se se apegassem firmemente a Ele e cumprissem todos os Seus reclamos, guardaria todos os Seus das doenças que haviam atribulado os egípcios; mas essa promessa foi feita sob condição de obediência. Se os israelitas houvessem obedecido às instruções recebidas, aproveitando-se de suas vantagens, ter-se-iam tornado para o mundo um modelo de saúde e prosperidade. Deixaram de cumprir o plano divino e, desta forma, de receber também as bênçãos que poderiam ter sido suas. Mas em José e Daniel, Moisés e Elias e em muitos outros, temos exemplos nobres dos resultados que se podem obter de um plano sábio de vida. Da mesma maneira a fidelidade hoje em dia produzirá resultados idênticos. É para nós que está escrito: "Vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes dAquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz." 1 Pedro 2:9. Renúncia e descanso TS3 259 4 Quantos ficam sem as bênçãos mais preciosas que Deus tem em depósito para eles, seja em saúde, seja em dons espirituais! Há muitas pessoas que pedem vitórias e bênçãos especiais para que possam fazer alguma coisa apreciável. Para este fim estão sempre sentindo que lhes é necessário empenhar-se numa exaustiva luta com orações e lágrimas. Quando tais pessoas esquadrinharem as Escrituras com espírito de oração, para conhecer a vontade divina e pô-la em prática de todo o coração, sem reserva alguma nem tolerância de qualquer espécie, encontrarão descanso. Todas as agonias, lágrimas e lutas não lhes produzirão a bênção que anelam. O eu precisa ser totalmente renunciado. Devem fazer a obra que se lhes apresenta, recebendo a plenitude da graça de Deus, que é prometida a todos os que a pedem com fé. TS3 260 1 "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-Me." Lucas 9:23. Sigamos o Salvador em Sua simplicidade e renúncia. O Homem do Calvário seja por nós enaltecido pela palavra e por vida santa. O Salvador chega muito perto dos que se consagram a Deus. Se já houve um tempo em que mais necessitássemos da operação do Espírito Santo no coração e vida, esse tempo é agora. Asseguremo-nos deste poder divino para termos a força de viver uma vida de santidade e renúncia. ------------------------Capítulo 65 -- Um chamado para evangelistas médico-missionários TS3 260 2 Estamos vivendo nos últimos dias. Aproxima-se o fim de todas as coisas. Cumprem-se rapidamente os sinais preditos por Cristo. Esperam-nos tempos tormentosos; não pronunciemos, porém, palavra alguma de desalento ou descrença. Aquele que compreende as necessidades da situação dispõe as coisas de maneira tal que os obreiros colocados nos diferentes lugares possam desfrutar das vantagens que lhes permitam despertar com mais eficácia a atenção do público. Ele conhece as necessidades dos mais débeis membros do Seu rebanho, e envia Sua mensagem tanto pelos caminhos como pelos atalhos. Ele nos ama com amor eterno. Lembremo-nos de que anunciamos uma mensagem de cura a um mundo repleto de almas enfermas de pecado. Ajude-nos o Senhor a aumentar a nossa fé e fazer-nos compreender que Ele quer que todos conheçamos Seu ministério de curar e Sua obra de propiciação! Ele quer que a luz de Sua graça resplandeça de muitos lugares. Hospitais como centros de evangelização TS3 261 1 Há em muitos lugares almas que ainda não ouviram a mensagem. Por conseguinte, a obra médico-missionária deve ser levada avante com mais zelo que nunca dantes. Essa obra é a porta pela qual a verdade conseguirá entrada nas grandes cidades, e devem ser estabelecidos hospitais em muitos lugares. TS3 261 2 A obra efetuada pelas instituições de saúde é um dos meios mais eficazes de atingir todas as classes sociais. Nossos hospitais são o braço direito do evangelho e abrem caminhos pelos quais a humanidade sofredora pode ser atingida pelas boas novas de restauração mediante Cristo. Nessas instituições podem os enfermos aprender a encomendar o seu caso ao grande Médico, que cooperará com os seus ardentes esforços para recuperarem a saúde, produzindo-lhes cura tanto espiritual como física. TS3 261 3 Cristo não mais está em pessoa no mundo, para ir de cidade a cidade e de aldeia a aldeia, curando os enfermos; comissionou-nos, porém, com o prosseguimento da obra médico-missionária por Ele iniciada. Devemos, nesse sentido, fazer tudo quanto esteja ao nosso alcance. Devem ser fundadas instituições hospitalares onde os enfermos, tanto homens como mulheres, sejam confiados aos cuidados de médicos e enfermeiros tementes a Deus e tratados sem o emprego de drogas. TS3 261 4 Foi-me indicado que a obra a ser feita no tocante à reforma pró-saúde não deve sofrer atraso algum. Por meio dessa obra é que alcançaremos almas, nos caminhos e valados. Foi-me mostrado muito especialmente que, por meio dos nossos hospitais, muitas almas receberão a verdade presente e a ela obedecerão. Nessas instituições, tanto homens como mulheres devem ser ensinados a cuidar do próprio corpo, bem como a firmar-se na fé. Deve-se-lhes ensinar a significação de comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Disse Cristo: "As palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:63. TS3 261 5 Nossos hospitais devem ser escolas em que o ensino deverá seguir os moldes médico-missionários. Devem dar às almas feridas pelo pecado, as folhas da árvore da vida, que lhes devolverão a paz, a esperança e a fé em Jesus Cristo. TS3 261 6 Prossiga a obra do Senhor! Avancem as obras médico-missionária e educativa! Estou certa de que nossa grande necessidade é de obreiros zelosos, abnegados, inteligentes e capazes. A verdadeira obra médico-missionária deve estar representada em cada cidade importante. Perguntem agora muitos: "Senhor, que queres que faça?" Atos dos Apóstolos 9:6. O propósito do Senhor é que Seu método de curar, isento de drogas, seja evidenciado em todas as grandes cidades por meio de nossas instituições médicas. Deus reveste de santa dignidade os que, avançando sempre mais, vão a todo lugar onde possam ter acesso. Satanás dificultará a obra em tudo quanto possa; mas o poder divino acompanhará todos os obreiros fiéis. Guiados pela mão de nosso Pai celestial, prossigamos aproveitando todas as ocasiões de estender a obra de Deus. TS3 262 1 O Senhor fala a todos os médicos-missionários, dizendo-lhes: Ide hoje trabalhar na Minha vinha para ganhar almas. Deus ouve as orações de todos quantos O buscam em verdade. Possui Ele o poder de que todos carecemos. Ele enche o coração de amor, alegria, paz e santidade. O caráter está constantemente sendo formado. Não podemos perder o nosso tempo agindo em oposição aos planos divinos. TS3 262 2 Médicos há que, por haverem estado em contato com os nossos sanatórios têm interesse em residir próximo dessas instituições; fecham os olhos para não verem o vasto campo, negligenciado e inculto, onde o trabalho abnegado produziria bênçãos para muitos. Os médicos-missionários podem exercer influência enobrecedora e santificadora. Os que assim não procedem, abusam de suas faculdades, e fazem um trabalho que o Senhor repudia. O preparo de obreiros TS3 262 3 Se alguma vez o Senhor falou por meu intermédio, fá-lo agora ao dizer eu que os obreiros que se dedicam ao ramo da educação, pregação e trabalho missionário-médico, devem andar unidos como um só homem, trabalhando todos sob a direção de Deus, auxiliando-se e abençoando-se mutuamente. TS3 262 4 Os que estiverem relacionados com nossas escolas e sanatórios devem trabalhar com entusiasmo. A obra executada sob o ministério do Espírito Santo e por amor a Deus e à humanidade, receberá o selo divino, e fará impressão na mente humana. TS3 262 5 O Senhor convida os nossos jovens para ingressarem em nossas escolas e prepararem-se rapidamente para o Seu serviço. Devem ser fundadas escolas em vários lugares, fora das cidades, onde os nossos jovens recebam instrução que os prepare para a obra de evangelização e missionário-médica. TS3 262 6 Deve-se conceder ao Senhor a oportunidade de mostrar aos homens o seu dever e influenciar-lhes a mente. Ninguém deve comprometer-se a trabalhar durante determinado número de anos sob a administração de um grupo de homens ou em algum ramo especial da obra do Mestre; porque o próprio Senhor chamará os homens, como fez com os humildes pescadores, e Ele próprio lhes indicará o seu território de atividades, bem como os métodos que devem seguir. Convidará homens a que deixem o arado e outras ocupações, para fazerem soar a última advertência para as almas que perecem. Muitas maneiras há de trabalhar para o Mestre; o grande Instrutor despertará a inteligência desses obreiros e lhes fará ver em Sua Palavra coisas maravilhosas. Enfermeiros como evangelistas TS3 263 1 Nosso exemplo é Cristo, o grande Missionário-Médico. DEle é dito: "E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo." Mateus 4:23. Curava os enfermos e pregava o evangelho. Em Sua obra, a cura e o ensino estavam intimamente unidos. Eles não devem ser separados hoje. TS3 263 2 Os enfermeiros que recebem instrução em nossas instituições devem ser preparados para trabalharem como evangelistas médico-missionários, unindo o ministério da palavra à cura física. TS3 263 3 Nossa luz deve brilhar em meio das trevas morais. Alguns dos que hoje estão em trevas, ao perceberem um reflexo da Luz do mundo, verão que para eles existe uma esperança de salvação. Vossa luz talvez seja pequena; lembrai, porém, que Deus é quem vo-la dá e vos considera responsáveis por fazê-la brilhar. Poderá acontecer que alguém acenda na vossa a sua tocha, e a sua luz seja o meio de tirar das trevas outras pessoas. TS3 263 4 Há por toda parte em nosso redor oportunidades para prestarmos serviços. Devemos chegar a conhecer os nossos vizinhos, e esforçar-nos por atraí-los para Cristo. Ao assim procedermos, teremos a Sua aprovação e colaboração. TS3 263 5 Freqüentemente os moradores de uma cidade onde Cristo havia trabalhado manifestavam o desejo de vê-Lo residir em seu meio e prosseguir trabalhando entre eles. Ele lhes dizia, porém, que Seu dever era ir a outras cidades que não haviam ouvido as verdades que Ele tinha para apresentar. Depois de haver comunicado a verdade aos habitantes de uma localidade, incumbia-os de prosseguirem naquilo que Ele lhes comunicara, e ia a outro lugar. Seus métodos de trabalho devem ser seguidos hoje em dia por aqueles a quem Ele confiou a Sua obra. Devemos ir de um lugar a outro, proclamando a mensagem. Logo que a verdade seja proclamada num lugar, devemos ir advertir outros. TS3 263 6 Devem ser organizados grupos e instruídos os seus membros cabalmente para se dedicarem ao trabalho de enfermeiros, evangelistas, pastores, colportores e estudantes do evangelho, e aperfeiçoarem o caráter à semelhança divina. Nosso alvo presente deve ser o preparo para receber educação superior na escola celestial. TS3 264 1 Segundo as instruções que o Senhor me deu várias vezes, sei que alguns obreiros deveriam visitar cidades e vilas no desempenho do trabalho médico-missionário. Os que assim procederem conseguirão uma rica colheita, tanto das classes mais elevadas da sociedade como das mais humildes. E o caminho para esse trabalho é melhor preparado pelos esforços dos fiéis colportores. TS3 264 2 Muitos serão chamados para o trabalho de casa em casa, dando estudos bíblicos e orando com as pessoas interessadas. Aprendam os nossos ministros que adquiriram experiência na pregação da Palavra, a dar tratamentos simples, e trabalhem, então, de maneira judiciosa como evangelistas médico-missionários. TS3 264 3 Precisa-se agora de obreiros evangelistas médico-missionários. Não podeis dedicar anos ao vosso preparo. Logo portas que agora estão abertas haverão de fechar-se para sempre. Proclamai a mensagem agora. Não espereis, dando com isso oportunidade a que o inimigo se aposse do campo que está agora ao vosso alcance. Grupos pequenos devem ir fazer o trabalho de que Cristo incumbiu os Seus discípulos. Trabalhem como evangelistas, disseminando a nossa literatura, e falando da verdade às pessoas que encontrem. Orem pelos doentes, provendo-lhes as necessidades, não com drogas, mas com remédios naturais, ensinando-lhes a recuperar a saúde e evitar a doença. ------------------------Capítulo 66 -- A escola de médicos-evangelistas TS3 264 4 Enquanto eu assistia à assembléia geral realizada em Washington, em 1905, recebi de J. A. Burden uma carta em que me descrevia uma propriedade que vira, distante cerca de seis quilômetros de Redlands. Lendo eu essa carta, tive a impressão de que se tratava de um dos lugares por mim vistos em visão, e telegrafei-lhe imediatamente para que, sem demora, comprasse a propriedade. Quando, mais tarde, visitei essa propriedade, pude reconhecer nela um dos lugares que eu havia visto em sonho quase dois anos antes. Como estou agradecida a Deus por nos haver proporcionado esse lugar! TS3 265 1 Uma das vantagens principais de Loma Linda é a agradável variedade de paisagens encantadoras que a rodeiam. A extensa vista dos vales e montanhas é magnífica. E o que importa ainda mais que a paisagem magnificente ou os belos edifícios e os extensos terrenos, é a localização próxima de zona densamente povoada e da conseqüente oportunidade de comunicar a mensagem do terceiro anjo a um número muito avultado de pessoas. Precisamos de muito discernimento espiritual para reconhecer as dispensações das providências de Deus que nos preparam o caminho para iluminarmos o mundo. TS3 265 2 A aquisição dessa propriedade põe sobre nós a pesada responsabilidade de dar feição educacional à obra da instituição. Loma Linda deve ser não somente um sanatório, mas também um centro de instrução. Deve ser estabelecida ali uma escola para a formação de evangelistas médico-missionários. Esta obra tem grande alcance e é de suma necessidade principiá-la bem. O Senhor tem um trabalho especial para ser feito neste campo. Encarregou-me Ele de convidar o Pastor Haskell e sua esposa para auxiliarem-nos a empreender uma obra idêntica à que foi feita em Avondale. Obreiros experimentados consentiram em unir-se ao pessoal de Loma Linda para fundar a escola que deve funcionar ali. À medida que avancem com fé, o Senhor irá adiante deles, preparando o caminho. TS3 265 3 No que tange à escola, direi: Dedique-se especialmente à instrução de enfermeiros e médicos. Muitos obreiros devem aprender a ciência médica em nossas escolas médico-missionárias, de modo que possam trabalhar como evangelistas médico-missionários. Essa instrução, declarou o Senhor, está em harmonia com os princípios que formam o fundamento da verdadeira educação superior. Muito se fala de educação superior. A educação mais elevada consiste em andar nas pegadas de Cristo, imitando o exemplo que Ele nos deixou quando esteve no mundo. Não podemos aspirar a uma educação superior a esta; ela é uma educação que fará dos homens colaboradores de Deus. A espécie de educação a ser ministrada TS3 265 4 Possuir educação superior é estar em comunhão viva com Cristo. O Salvador tirou de seus barcos e redes a pescadores iletrados e os associou consigo ao andar Ele de um lugar para outro, ensinando o povo e suprindo-lhes as necessidades. Sentado numa pedra ou sobre uma elevação do terreno, juntava ao Seu redor os discípulos e os instruía; dentro de pouco tempo, centenas de pessoas Lhe escutavam as palavras. Muitos homens e mulheres há que pensam saber tudo quanto valha a pena saber-se, quando em realidade têm grande necessidade de sentar-se humildemente aos pés de Jesus e receber instrução dAquele que deu a Sua vida em resgate de um mundo perdido. Todos necessitamos de Cristo, que abandonou os átrios celestes, Sua veste real, Sua coroa e majestade celestiais, para revestir-Se da nossa humanidade. O Filho de Deus aqui veio como criança a fim de poder compreender tudo quanto a humanidade experimenta e saber como lidar com os homens. Conhece as necessidades das crianças. Nos dias de Seu ministério, não queria que fossem proibidas de dEle aproximarem-se. "Deixai vir a Mim os pequeninos", disse Ele aos discípulos, "porque dos tais é o reino de Deus." Lucas 18:16. TS3 266 1 Mantenha-se a simplicidade na obra escolar. Nenhum argumento é mais poderoso que o êxito com base na simplicidade. Podeis alcançar êxito na formação de médicos-missionários sem ter uma escola capaz de produzir médicos que possam competir com os do mundo. Os estudantes deverão receber instrução prática. Quanto menos adotardes os métodos do mundo, tanto melhor será para os estudantes. Deveria, principalmente, ser cultivada a arte de cuidar dos enfermos sem fazer uso de medicamentos tóxicos, mas em harmonia com a luz que Deus forneceu. Não há necessidade do uso de tóxicos no tratamento dos enfermos. Deverão os estudantes sair da escola sem haver sacrificado os princípios da reforma pró-saúde nem seu amor a Deus e à justiça. TS3 266 2 O ensino segundo o ideal do mundo, deve ser sempre menos valorizado por quem deseja levar avante eficientemente a obra médico-missionária relacionada com a obra da terceira mensagem angélica. Deve-se-lhes ensinar a obedecer à consciência e, ao seguirem conscienciosa e fielmente os bons métodos no tratamento das enfermidades, esses métodos acabarão por serem reconhecidos como preferíveis aos que estão em voga, e que implicam no uso de medicamentos tóxicos. TS3 266 3 Não devemos, nesta época, competir com as escolas de medicina do mundo. Se o fizéssemos, diminutas seriam as nossas perspectivas de êxito. Não estamos em condições de empreender com êxito o estabelecimento de grandes faculdades de Medicina. Por outro lado, se seguirmos os métodos adotados pela classe médica, exigindo honorários elevados como o fazem os médicos do mundo, afastar-nos-emos dos planos, segundo os quais Cristo quer que exerçamos nosso ministério em prol dos enfermos. TS3 266 4 Deverá haver em nossos sanatórios homens e mulheres inteligentes, capazes de ensinarem os métodos de Cristo. Sob a liderança de professores competentes e consagrados, poderão os jovens tornar-se participantes da natureza divina, e aprender a escapar da corrupção que pela concupiscência há no mundo. Fui instruída que deveremos ter um número maior de mulheres capazes de tratar especialmente as enfermidades de seu sexo, bem como de enfermeiras que tratem dos enfermos de maneira simples, sem o uso de drogas. TS3 267 1 Não condiz com as instruções dadas no Sinai, que os médicos devam desempenhar o ofício de parteiras. A Bíblia nos apresenta as parturientes atendidas por outras mulheres, e assim deverá ser, sempre. Mulheres devem ser instruídas e preparadas de maneira tal que possam desempenhar com perícia o cargo de parteiras e médicas junto às pessoas do seu próprio sexo. Deveríamos ter uma escola onde as mulheres fossem, por médicas, ensinadas a fazer da melhor maneira possível o trabalho de tratar as doenças de senhoras. Em nossa denominação, a obra médica deveria atingir o desenvolvimento máximo. A instrução dos missionários TS3 267 2 Temos, em Loma Linda, um centro bastante avantajado para a execução dos nossos vários empreendimentos missionários. É evidente que foi a Providência que nos levou a possuir esse sanatório. Devemos considerar Loma Linda um lugar que o Senhor previu ser necessário à nossa obra e no-lo deu. Há uma obra sumamente importante para ser feita em relação com os interesses do sanatório e escola de Loma Linda, e esta se realizará quando todos trabalharmos para esse fim, avançando juntamente segundo os planos de Deus. TS3 267 3 Em Loma Linda, muitos podem ser preparados para trabalhar como missionários na causa da saúde e da temperança. TS3 267 4 Devem ser preparados professores para muitos ramos de atividade. Devem ser fundadas escolas nos lugares onde nada tenha sido feito ainda. Missionários devem ir a outros Estados onde até agora pouco tem sido feito. Devemos realizar a obra que tem por objetivo disseminar os princípios da reforma pró-saúde. Deus nos ajude a sermos um povo sábio! TS3 267 5 Desejo muito especialmente que as necessidades de nossas instituições de Loma Linda sejam cuidadosamente estudadas e tomadas medidas acertadas. Para a prossecução da obra nesse lugar, precisamos de homens bem habilitados e de espiritualidade elevada. Na obra do ensino devemos empregar os melhores professores, homens e mulheres prudentes, que confiem inteiramente em Deus. Se os professores das matérias de medicina desempenharem as suas funções no temor de Deus, veremos realizada uma boa obra. Tendo a Cristo como educador, poderemos atingir grau elevado no conhecimento da verdadeira ciência de curar. TS3 268 1 O que é de importância máxima é que os estudantes sejam ensinados a praticar corretamente os princípios da reforma pró-saúde. Ensinai-lhes a prosseguirem fielmente nesse ramo de estudo, combinado com outros aspectos essenciais da instrução. A graça de Jesus Cristo inspirará sabedoria a todos quantos seguem os planos divinos da verdadeira educação. Sigam os estudantes com fidelidade o exemplo dAquele que resgatou a espécie humana pelo preço inestimável da Sua própria vida. Apelem para o Salvador e nEle confiem como quem sara toda espécie de enfermidades. O Senhor quer que os obreiros façam esforços especiais para apontar aos enfermos e sofredores o grande Médico que formou o corpo humano. Centros de instrução e hospitais TS3 268 2 Convém que os nossos centros de instrução para obreiros cristãos estejam localizados próximo de nossas instituições de saúde, de maneira que os alunos aprendam os princípios da vida sadia. As instituições que formam obreiros capazes de apresentar a razão da sua fé, e cuja fé se manifesta em atos de amor e purifica a alma, têm grande valor. Foi-me mostrado claramente que onde quer que seja possível, devem ser fundadas escolas, próximo dos nossos sanatórios, a fim de que cada instituição seja um auxílio e amparo a outra. Aquele que criou o homem Se interessa pelos que sofrem. Ele dirigiu a fundação dos nossos sanatórios, bem como a construção das nossas escolas junto deles, a fim de que venham a tornar-se meios eficazes no preparo de homens e mulheres para a obra que tem por objetivo aliviar os sofrimentos da humanidade. TS3 268 3 Lembrem-se os funcionários da obra médica adventista do sétimo dia, de que o Senhor Deus onipotente reina. Cristo é o maior dos médicos que já pisou a Terra amaldiçoada pelo pecado. O Senhor quer que Seu povo a Ele recorra em busca da capacidade de curar. Ele batizará os Seus com o Espírito Santo, capacitando-os para servirem de modo que sejam uma bênção ao restituírem a saúde espiritual e física aos que necessitam de cura. ------------------------Capítulo 67 -- União entre nacionalidades diferentes TS3 269 1 "Se alguém tem sede, venha a Mim, e beba." João 7:37. "Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salte para a vida eterna." João 4:14. TS3 269 2 Se, não obstante essas promessas que nos são feitas, preferimos permanecer abrasados e ressecados por falta da água viva, a culpa será tão-somente nossa. Se formos a Cristo com a simplicidade da criança que se dirige aos pais terrestres, e Lhe pedirmos as coisas que nos prometeu, crendo que as receberemos, tê-las-emos. Se todos exercêssemos fé como devêramos havê-lo feito, seríamos abençoados com o Espírito Santo de Deus em medida muito maior do que a já por nós recebida em nossas reuniões. Alegra-me que ainda nos restam alguns dias para o término destas reuniões. Porque esta é a pergunta que surge: Iremos nós à fonte para beber? Darão o exemplo os que ensinam a Verdade? Deus por nós fará grandes coisas se, com fé, nos apegarmos à Sua palavra. Oxalá pudéssemos ver aqui todos os corações se humilhando perante Deus! TS3 269 3 Desde o início destas reuniões, senti-me muito inclinada a abordar os assuntos do amor e da fé. E assim é porque necessitais deste testemunho. Alguns dos que vieram trabalhar nestes territórios missionários têm dito: "A senhora não compreende o povo francês; não compreende os alemães. Eles precisam ser tratados desta ou daquela maneira." TS3 269 4 Pergunto, porém: Não os compreenderá Deus? Não é Ele quem a Seus servos dá uma mensagem para as pessoas? Ele sabe exatamente o de que precisam; e se a mensagem vem diretamente dEle, por intermédio de Seus servos para o povo, cumprirá a obra que lhe foi designada; todos serão unificados em Cristo. Embora alguns sejam arraigadamente franceses, outros entranhadamente alemães e outros profundamente americanos, todos chegarão a ser identicamente semelhantes a Cristo. TS3 269 5 O templo judeu foi construído de pedras lavradas e extraídas das montanhas; e cada pedra era preparada para o seu respectivo lugar no templo, lavrada, polida e provada antes de ser transportada para Jerusalém. E quando todas estavam no terreno, a edificação se fez sem que se ouvisse o ruído de um único machado ou martelo. Essa construção representa o templo espiritual de Deus, composto de material trazido de todas as nações, línguas, povos e classes sociais, elevados e humildes, ricos e pobres, sábios e iletrados. Não se trata de substâncias inertes que devam ser trabalhadas com martelo e cinzel. São pedras vivas, tiradas da pedreira do mundo por meio da verdade, e o grande Arquiteto principal, o Senhor do templo, as está agora lavrando, polindo e preparando para o seu lugar respectivo no templo espiritual. Uma vez terminado, esse templo será perfeito em todas as suas partes e causará a admiração dos anjos e dos homens; porque o seu Arquiteto e Construtor é Deus. TS3 270 1 Ninguém pense que não tem necessidade de golpe algum. Não existe pessoa nem nação que seja perfeita em todos os seus costumes e pensamentos. Uma precisa aprender da outra. Por isso Deus quer que as diversas nacionalidades se amalgamem para chegarem a ser um só povo em suas maneiras de ver e propósitos. Será, assim, exemplificada a união que há em Cristo. Um modelo: Jesus Cristo TS3 270 2 Eu estava quase temerosa de vir a este país, pelo muito que ouvira das peculiaridades das diversas nacionalidades européias e dos meios a serem empregados para alcançá-las. Mas a sabedoria divina é prometida aos que dela sentem necessidade e a pedem. Deus pode levar as pessoas aonde hão de receber a verdade. Deixai o Senhor apossar-Se das mentes e moldá-las como o barro é moldado pelas mãos do oleiro, e essas diferenças deixarão de existir. Irmãos, contemplai a Jesus; imitai-Lhe as maneiras e o espírito, e não tereis dificuldade alguma para alcançar esses diferentes tipos de pessoas. Não temos seis modelos para copiar, nem cinco; temos apenas um, Jesus Cristo. Se os irmãos italianos, franceses e alemães buscarem ser iguais a Ele, colocarão os pés sobre o mesmo fundamento da verdade; o mesmo espírito que anima um animará o outro -- Cristo neles, a esperança da glória. Eu vos exorto, irmãos, e irmãs, a não erguer um muro de separação entre as diferentes nacionalidades. Ao contrário, tratai de derribá-lo, onde existir. Devemos esforçar-nos por levar todos à harmonia que há em Jesus, trabalhando em prol de um objetivo -- a salvação dos nossos semelhantes. TS3 270 3 Meus irmãos no ministério, apossar-vos-eis das ricas promessas de Deus? Poreis de parte o eu e deixareis que Jesus apareça? Antes que Deus possa atuar por vosso intermédio, o eu precisa morrer. Fico alarmada ao ver o eu manifestar-se num e noutro, aqui e ali. Em nome de Jesus de Nazaré eu vos declaro que a vossa vontade precisa morrer; ela deve transformar-se na vontade de Deus. Ele vos quer fundir e purificar de toda mácula. Existe uma grande obra para ser feita em vosso proveito antes de poderdes ser revestidos do poder de Deus. Peço-vos que vos aproximeis dEle, a fim de reconhecerdes Suas ricas bênçãos, antes de findar esta reunião. TS3 271 1 Há aqui pessoas sobre quem brilhou muita luz em forma de advertências e repreensões. Quando quer que se passem repreensões, o inimigo busca criar nos repreendidos o desejo de simpatia humana. Eu quisera, portanto, advertir-vos para terdes cuidado, não seja que, ao apelares para a simpatia alheia e rememorardes as vossas provas passadas, repitais o mesmo erro da exaltação própria. O Senhor conduz repetidas vezes ao mesmo lugar os Seus filhos extraviados; mas se continuamente deixam de escutar as advertências de Seu Espírito, e não emendam todos os seus erros, Ele os deixará, por fim, entregues à própria fraqueza. TS3 271 2 Concito-vos, irmãos, a irdes a Cristo e beberdes; beberdes abundantemente da água da salvação. Não apeleis para os vossos próprios sentimentos. Não confundais sentimentalismo com religião. Abandonai todo apoio humano e firmai todo o vosso peso em Cristo. Precisais de novo preparo antes de poderdes empenhar-vos na obra da salvação de almas. Vossas palavras, vossos atos exercem influência sobre outros e, no dia de Deus, devereis dar conta dessa influência. Jesus diz: "Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar." Apocalipse 3:8. Dessa porta brilha uma luz e, se quisermos, teremos o privilégio de recebê-la. Dirijamos o nosso olhar para essa porta aberta, e busquemos receber tudo quanto Cristo está disposto a conceder-nos. TS3 271 3 Cada qual terá uma luta intensa para vencer o pecado no próprio coração. Às vezes essa obra é muito penosa e desanimadora; pois ao vermos os nossos defeitos de caráter, pomo-nos a considerá-los, em vez de olhar para Jesus e revestir-nos das vestes da Sua justiça. Todo aquele que entrar na cidade de Deus pelas portas de pérola, fá-lo-á como vencedor, e sua maior conquista terá sido a do próprio eu. TS3 271 4 "Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos Céus e na Terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus." Efésios 3:14-19. TS3 271 5 Irmãos e irmãs, como coobreiros de Deus, apoiai-vos com firmeza no braço do Todo-poderoso. Esforçai-vos por alcançar a união e o amor, e sereis no mundo uma potência. ------------------------Capítulo 68 -- Unidade em Jesus Cristo TS3 272 1 Enquanto assistia a uma das sessões de comissão da Associação Geral, realizada em Setembro de 1904, estive sumamente preocupada com o que concerne à unidade que deve reinar em nossa obra. Não me foi possível estar presente a todas as reuniões, mas durante a noite me foram apresentadas uma cena após outra, e tive a impressão de que deveria transmitir uma mensagem aos nossos irmãos de muitos lugares. TS3 272 2 Punge-me o coração o comprovar eu que, conquanto tenhamos motivos extraordinários para elevar nossas capacidades e aptidões ao mais alto grau de desenvolvimento, conformamo-nos com ser anões na obra de Cristo. Deus quer que todos os Seus obreiros cresçam até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo. Onde existe vitalidade há crescimento; este testifica da presença daquela. As palavras e os atos dão testemunho vivo para o mundo do que o cristianismo realiza em favor dos seguidores de Cristo. TS3 272 3 Ao realizardes a tarefa de que sois incumbidos, sem contender com os demais nem criticá-los, vosso trabalho será acompanhado de liberdade, luz e poder tais, que imprimirá feição peculiar e influência poderosa às instituições ou empreendimentos a que estais ligados. TS3 272 4 Lembrai-vos de que quando estais de mau humor e pensais ser vosso dever chamar à ordem toda pessoa que de vós se aproxima, nunca estais em terreno vantajoso. Se cedeis à tentação de criticar os demais, apontar-lhes as faltas e demolir o que fazem, podeis estar certos de que não fareis a vossa parte nobre e devidamente. TS3 272 5 Este é o tempo em que todo homem que ocupa cargo de responsabilidade, e cada membro da igreja deve pôr todo aspecto de seu trabalho em perfeita consonância com os ensinos da Palavra de Deus. Por meio de vigilância incansável, orações fervorosas, e palavras e atos cristãos, devemos mostrar ao mundo o que Deus quer que Sua igreja seja. TS3 272 6 De Sua elevada posição, Cristo, o Rei da glória, a Majestade dos Céus viu o estado dos homens. Teve compaixão dos seres humanos, em sua fraqueza e pecaminosidade e veio à Terra para revelar o que Deus é para os homens. Deixando Sua corte real, revestindo Sua divindade com os véus da humanidade, veio pessoalmente ao mundo para desenvolver em nosso favor caráter perfeito. Não escolheu morada entre os ricos da Terra. Nasceu na pobreza, de pais humildes, e viveu na desprezada aldeia de Nazaré. Logo que atingiu idade suficiente para manejar as ferramentas, contribuiu com a Sua parte para o sustento da família. TS3 273 1 Cristo condescendeu em postar-Se à frente da humanidade para sofrer tentações e suportar as provas que a humanidade tem que sofrer e suportar. Devia conhecer o que a humanidade tem que sofrer da parte do inimigo caído, a fim de saber como socorrer os que são tentados. TS3 273 2 E Cristo foi feito nosso juiz. O Pai não é o juiz. Tampouco o são os anjos. Aquele que Se revestiu da humanidade e viveu neste mundo vida perfeita, será quem nos há de julgar. Só Ele pode ser nosso Juiz. Lembrar-vos-ei disto, irmãos? Lembrar-vos-eis disto vós, os pastores? E vós, pais e mães, lembrar-vos-eis? Cristo assumiu a humanidade para poder ser nosso Juiz. Nenhum de vós foi designado para julgar a outrem. Tudo o que podeis fazer é corrigir-vos a vós mesmos. Exorto-vos, em nome de Cristo, a obedecer à ordem que vos dá, de nunca assumirdes a atitude de juízes. Dia a dia me tem soado aos ouvidos esta mensagem: "Descei do assento de juiz! Descei com humildade!" TS3 273 3 Nunca dantes foi tão necessário como agora que nos neguemos a nós mesmos, carreguemos cada dia a cruz. Até que extremo estamos nós dispostos a dar provas de abnegação? Vida de graça e paz TS3 273 4 No primeiro capítulo da segunda epístola de Pedro, achareis a promessa de que graça e paz vos serão multiplicadas se acrescentardes "à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência piedade, e à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal caridade". 2 Pedro 1:5-7. Estas virtudes são tesouros admiráveis. Tornam o homem "mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir". Isaías 13:12. TS3 273 5 "Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo." 2 Pedro 1:8. TS3 273 6 Não nos esforçaremos para fazer o melhor uso possível de nossa capacidade no pouco tempo que ainda nos resta para viver neste mundo, acrescentando uma graça a outra, e uma capacidade a outra, mostrando que, nos lugares celestiais, temos acesso a uma fonte de poder? Cristo disse: "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra." Mateus 28:18. Para que Lhe é dado o poder? -- Para nós. Ele quer que compreendamos que voltou para o Céu como nosso Irmão mais velho, e que o poder ilimitado que Lhe é dado está à nossa disposição. TS3 274 1 Receberão o poder do alto todos quantos em sua vida puserem em prática as instruções dadas à igreja por intermédio do apóstolo Pedro. Devemos viver segundo o plano da adição, empenhando-nos por fazer firme a nossa vocação e eleição. Em tudo quanto fizermos e dissermos devemos representar a Cristo. Devemos viver a Sua vida. Os princípios em que Ele Se inspirava devem dirigir-nos a conduta com as pessoas com quem estamos ligados. TS3 274 2 Ao estarmos fortemente firmados em Cristo, possuímos uma força de que ser humano algum nos poderá despojar. E por quê? Porque, ao fugir da corrupção que pela concupiscência há no mundo, somos participantes da natureza divina -- participantes da natureza dAquele que veio à Terra revestido da humanidade, para postar-Se à testa da humanidade, e formar caráter imaculado e irrepreensível. TS3 274 3 Por que tantos há entre nós débeis e incapazes? É por olharmos para nós mesmos, estudando o nosso temperamento, perguntando-nos como poderemos arranjar um lugar para nós mesmos, nossa individualidade, nossas peculiaridades, em vez de olhar para Cristo e Seu caráter. TS3 274 4 Irmãos que poderiam trabalhar juntos em boa harmonia, se aprendessem de Cristo, esquecendo-se de que são americanos ou europeus, alemães ou franceses, suecos, dinamarqueses ou noruegueses, parece sentirem que se se unirem com os de outras nacionalidades, perderão alguma coisa do que lhes caracteriza a região ou nação, substituindo-a por outra. TS3 274 5 Irmãos, ponhamos isso de parte. Não temos o direito de focalizar em nós mesmos a nossa atenção, preferências e caprichos. Não devemos tratar de manter uma identidade peculiar, uma personalidade, uma individualidade que nos mantenha alheados dos nossos colaboradores. Temos que manter um caráter, mas esse é o caráter de Cristo. Se tivermos o caráter de Cristo, poderemos trabalhar juntos na obra de Deus. O Cristo que em nós está encontrará ao Cristo que está em nossos irmãos, e o Espírito Santo consagrará essa união de sentimentos e de procedimento que testifica perante o mundo que somos filhos de Deus. Oxalá o Senhor nos ajude a morrer para o eu, e nascer de novo, a fim de Cristo poder viver em nós como um princípio vivo e ativo, capaz de manter-nos santos. TS3 274 6 Trabalhai com ardor em prol da união. Orai e trabalhai para alcançá-la. Ela vos produzirá saúde espiritual, elevação de pensamento, nobreza de caráter, mentalidade celeste que vos capacitará para vencer o egoísmo e as ruins suspeitas e a ser mais do que vencedores por Aquele que vos amou e a Si mesmo Se deu por vós. Crucificai o eu; considerai os outros superiores a vós mesmos; e assim realizareis a unidade em Cristo. Perante o Universo celestial, bem como a igreja e o mundo, dareis a prova indiscutível de que sois filhos e filhas de Deus. Deus será glorificado no exemplo que derdes. TS3 275 1 O milagre que o mundo necessita ver é o que une o coração dos filhos de Deus, uns aos outros, por um amor cristão. Precisa ver o povo do Senhor assentados juntos no lugares celestiais em Cristo. Não quereis dar com vossa vida uma prova do que a verdade divina pode fazer em favor dos que O amam e servem? Deus sabe o que podereis chegar a ser. Sabe o que a divina graça pode fazer em vosso favor, se vos tornardes participantes da natureza divina. ------------------------Capítulo 69 -- A atitude de Cristo para com a nacionalidade TS3 275 2 Cristo não fazia distinção de nacionalidade, classe social nem credo. Os escribas e fariseus queriam monopolizar todos os dons do Céu em favor da sua localidade e nação, com exclusão do restante da família no mundo inteiro. Cristo, porém, veio para derrubar todo muro de separação. Veio para mostrar que o dom da Sua misericórdia e amor, como o ar, a luz e a chuva que refrigera o solo não reconhece limites. TS3 275 3 Por Sua vida, Cristo fundou uma religião na qual não há classes sociais; judeus e pagãos, livres e servos são iguais perante Deus e reunidos por um vínculo fraternal. Nenhum exclusivismo influía em Seus atos. Não fazia distinção alguma entre compatriotas e estrangeiros, amigos e inimigos. O que Lhe atraía o coração era a alma sedenta da água da vida. TS3 275 4 Não menosprezava ser humano algum mas buscava aplicar o bálsamo de cura a toda e qualquer alma. Em qualquer companhia que estivesse, apresentava uma lição apropriada ao tempo e às circunstâncias. Todo desprezo ou ultraje que os homens infligiam aos seus semelhantes não fazia senão inspirar-Lhe o sentimento da mais viva necessidade da Sua simpatia divino-humana. Buscava incutir esperança no mais rústico e menos prometedor dos homens, assegurando-lhes de que poderiam tornar-se irrepreensíveis e inofensivos, e adquirir caráter que deles faria filhos de Deus. Firme fundamento TS3 276 1 "Portanto, irmãos", diz o apóstolo Pedro, "procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." 2 Pedro 1:10, 11. Ilustração prática TS3 276 2 Há alguns anos, quando era muito pequeno o grupo de crentes na breve volta de Cristo, os observadores do sábado em Topsham, Estado de Maine, reuniam-se para o culto na ampla cozinha da casa do irmão Stockbridge Howland. Numa manhã de sábado o irmão Howland estava ausente. Isso nos surpreendeu, pois ele costumava ser sempre pontual. Logo, porém, o vimos chegar com a face radiante, iluminada pela glória de Deus. "Irmãos -- disse -- achei alguma coisa. Achei que podemos adotar uma norma de procedimento, a cujo respeito nos diz a Palavra de Deus: 'Nunca tropeçareis.' Vou dizer-vos de que se trata." Contou-nos, então, que notara que um irmão pescador pobre, pensava não ser tão estimado quanto merecia, e que o irmão Howland e outros se consideravam a ele superiores. Isso não era verdade, mas assim lhe parecia; e durante algumas semanas não comparecera às reuniões. Assim é que o irmão Howland foi à sua casa e, pondo-se de joelhos diante dele, disse: TS3 276 3 . Irmão, perdoe-me; que falta cometi eu? TS3 276 4 O homem, pegou-o do braço, como querendo erguê-lo. TS3 276 5 . Não -- disse o irmão Howland -- que tem o irmão contra mim? TS3 276 6 . Nada tenho contra você. TS3 276 7 . Acho que alguma coisa deve haver -- insistiu o irmão Howland -- porque antes falávamos livremente um ao outro, mas agora você não me dirige mais a palavra, e eu quero saber o que há. TS3 276 8 . Levante-se, irmão Howland -- disse ele. TS3 276 9 . Não -- respondeu o irmão Howland -- não quero. TS3 277 1 . Então, me toca a mim ajoelhar-me -- disse ele, caindo sobre os joelhos e confessando como fora infantil e a quantos maus pensamentos se havia entregue. -- Agora -- acrescentou -- afastarei de mim tudo isso. TS3 277 2 Ao contar o irmão Howland essa história, tinha o rosto iluminado pela glória do Senhor. Nem bem havia terminado o seu relato, quando entraram o pescador e sua família, e tivemos uma reunião excelente. TS3 277 3 Suponhamos que alguns de nós seguissem o procedimento adotado pelo irmão Howland. Se, quando os nossos irmãos suspeitam mal, fôssemos ter com eles, dizendo: "Perdoe-me se alguma coisa fiz para ofendê-lo", poderíamos quebrar o feitiço de Satanás e libertar os irmãos de suas tentações. Não permitais que coisa alguma se interponha entre vós e vossos irmãos. Se alguma coisa há que podeis fazer, embora com sacrifício, para remover as suspeitas, fazei-a. Deus quer que uns aos outros nos amemos como irmãos. Quer que sejamos compassivos e amáveis. Quer que nos habituemos a crer que nossos irmãos nos amam e que Jesus nos ama. O amor engendra amor. Cultivar o amor de Cristo TS3 277 4 Esperamos nós encontrar nossos irmãos no Céu? Se podemos com eles aqui viver em paz e harmonia, poderemos, então, com eles viver lá. Mas como poderemos com eles viver no Céu, se aqui não conseguirmos viver sem lutas nem contendas contínuas? Os que seguem procedimento que os separa dos irmãos, e produz discórdia e dissensão, precisam de conversão radical. É necessário que o nosso coração seja enternecido e subjugado pelo amor de Cristo. Devemos cultivar o amor por Ele demonstrado ao morrer por nós na cruz do Calvário. Devemos achegar-nos sempre mais ao Salvador. Devemos orar mais e aprender a exercer fé. Precisamos de mais benignidade, compaixão e cortesia. Passaremos por este mundo uma única vez. Não nos esforçaremos por estampar nas pessoas com quem convivemos o cunho do caráter de Cristo? TS3 277 5 Nosso coração endurecido precisa ser quebrantado. Precisamos formar uma unidade perfeita e reconhecer que fomos resgatados pelo sangue de Jesus Cristo de Nazaré. Diga cada qual para si: "Ele deu a Sua vida por mim, e quer que, ao passar eu por este mundo, revele o amor que Ele manifestou ao entregar-Se por mim." Cristo levou sobre a cruz os nossos pecados em Seu próprio corpo para que Deus seja justo e justificador de quem nEle crê. Há vida, vida eterna reservada para todos quantos se entregam a Cristo. TS3 277 6 Eu quero ver o Rei em Sua formosura. Desejo ver-Lhe a beleza incomparável. Quero que também vós O contempleis. Cristo conduzirá os Seus remidos junto ao rio da vida e explicará tudo quanto lhes foi motivo de perplexidade neste mundo. Ser-lhes-ão desvendados os mistérios da graça. Onde a sua mente finita só discernia confusão e fracassos, verão eles a mais perfeita e bela harmonia. TS3 278 1 Sirvamos a Deus de todas as nossas forças e de todo o nosso entendimento. Nossa inteligência aumentará à medida que dela fizermos uso. Nossa experiência religiosa fortalecer-se-á à medida que pusermos mais religiosidade na vida diária. Galgaremos, assim, degrau a degrau a escada que leva ao Céu, até, por fim, passarmos do último e mais alto degrau diretamente para o reino de Deus. Sejamos cristãos neste mundo. Alcançaremos, depois, a vida eterna no reino da glória. TS3 278 2 A união existente entre os seguidores de Cristo constitui prova de que o Pai enviou o Seu Filho para salvar os pecadores. É uma testemunha do Seu poder; pois só o miraculoso poder de Deus pode harmonizar os temperamentos tão díspares dos seres humanos, e a todos inspirar o desejo de dizerem a verdade com amor. TS3 278 3 As advertências e conselhos de Deus são claros e positivos. Ao lermos as Escrituras e vermos o poder para o bem que há na união, e o poder para o mal que produz a desunião, como poderemos deixar de receber no coração a Palavra de Deus? A suspeita e a desconfiança são como o fermento do mal. A união testifica do poder da verdade. ------------------------Capítulo 70 -- Um tempo de prova TS3 278 4 Um período de prova está diante de nós. Cumpre-nos usar agora toda a nossa capacidade e dons para fazer avançar a obra de Deus. As faculdades que o Senhor nos concedeu devem ser usadas para construir, e não para demolir. Os que estão sendo ignorantemente enganados não devem permanecer nessa condição. Aos Seus mensageiros, o Senhor diz: Ide ter com eles e, quer escutem, quer não, declarai-lhes o que Eu disse. TS3 278 5 Está iminente o tempo em que se desencadeará a perseguição contra os que proclamam a verdade. A perspectiva não é lisonjeira; mas, não obstante isso, não esmoreçamos em nossos esforços por salvar os que estão prestes a perecer, por cujo resgate o Príncipe do Céu ofereceu Sua própria vida. Se falha um meio, experimentai outro. Nossos esforços não devem ser débeis e sem vigor. Enquanto nos for poupada a vida, trabalhemos para Deus. Em todas as épocas da igreja, os mensageiros designados por Deus se têm exposto ao opróbrio e perseguição por amor da verdade. Mas aonde quer que o povo de Deus seja forçado a ir, ainda que, como o discípulo amado, sejam banidos para ilhas desertas, Cristo saberá onde estão, e os fortalecerá e abençoará, enchendo-os de paz e alegria. TS3 279 1 Logo há de haver perturbações por todo o mundo. Cumpre que cada qual procure conhecer a Deus. Não temos tempo para esperar. Com zelo e fervor tem que ser dada a mensagem: "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite." Isaías 55:1. "Assim diz o Senhor: Mantende o juízo, e fazei justiça, porque a Minha salvação está prestes a vir, e a Minha justiça a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de perpetrar algum mal." Isaías 56:1, 2. TS3 279 2 O amor de Deus à Sua igreja é infinito. Incessante é Seu cuidado de Sua herança. Ele não permite que aflição alguma sobrevenha à igreja senão unicamente a que é necessária para sua purificação, seu bem presente e eterno. Purificará Sua igreja assim como purificou o templo no princípio e no fim de Seu ministério na Terra. Tudo que Ele traz sobre a igreja em forma de provações e aflições, fá-lo para que Seu povo adquira mais profunda piedade e mais força para levar a todas as partes do mundo as vitórias da cruz. Para todos tem Ele uma obra para fazer. Tem que haver constante aumento e progresso. A obra tem que estender-se de cidade a cidade, de país a país, de nação a nação, movendo-se constantemente para frente e para cima, estabelecida, fortalecida e firmada. Sofrem os inocentes TS3 279 3 "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, ... cheio de graça e de verdade." Mas os que Cristo veio salvar, não quiseram saber dele. "Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam." João 1:14, 11. Entregando-se ao domínio de Satanás, rejeitaram o Messias, e buscaram oportunidade para O matar. TS3 279 4 Satanás e seus anjos resolveram tornar o mais humilhante possível a morte de Cristo. Encheram o coração dos guias judeus de sentimentos de amargo ódio ao Salvador. Dominados pelo inimigo, sacerdotes e príncipes instigaram a multidão a postar-se contra o Filho de Deus. Além das declarações de Sua inocência por parte de Pilatos, ninguém disse em Seu favor uma única palavra. E o próprio Pilatos, conhecendo-Lhe a inocência, entregou-O às afrontas de homens dominados por Satanás. TS3 280 1 Acontecimentos semelhantes ocorrerão no futuro próximo: Os homens exaltarão e imporão rigidamente leis que estarão em direta oposição à lei de Deus. Embora zelosos no impor seus próprios mandamentos, volverão costas a um claro "assim diz o Senhor". Exaltando um dia de repouso espúrio, procurarão forçar os homens a desonrar a lei de Jeová -- a transcrição de Seu caráter. Embora inocentes de qualquer mal, os servos de Deus serão entregues a humilhações e afrontas nas mãos dos que, inspirados por Satanás, estão cheios de inveja e fanatismo religioso. O problema do Sábado TS3 280 2 Poderes religiosos, aliados ao Céu por profissão, e declarando ter as características de um cordeiro, por seus atos mostrarão que têm o coração de dragão, e são instigados e dominados por Satanás. Está chegando o tempo em que o povo de Deus sentirá a mão da perseguição, por santificarem o sétimo dia. Satanás motivou a mudança do sábado na esperança de levar a efeito o seu propósito, para a derrota dos planos de Deus. Ele procura tornar os mandamentos de Deus de menor obrigatoriedade no mundo do que as leis humanas. O homem do pecado, que cuidou em mudar os tempos e a lei, e já oprimiu o povo de Deus, fará com que sejam feitas leis que imponham a observância do primeiro dia da semana. Mas o povo de Deus deve ficar firme a favor dEle. E o Senhor operará em Seu favor, mostrando claramente ser Ele o Deus dos deuses. TS3 280 3 Disse o Senhor: "Certamente guardareis Meus sábados; porquanto isso é um sinal entre Mim e vós nas vossas gerações." Êxodo 31:13. Ninguém deve desobedecer ao Seu mandamento para escapar à perseguição. Mas considerem todos as palavras de Cristo: "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra." Mateus 10:23. Se puder ser evitado, não vos ponhais sob o poder dos homens que são manobrados pelo espírito do anticristo. Devemos fazer quanto possamos para que os que estão dispostos a sofrer pela causa da verdade sejam poupados da opressão e crueldade. TS3 280 4 Cristo é nosso exemplo. A resolução do anticristo, de prosseguir com a rebelião que iniciou no Céu, continuará a operar nos filhos da desobediência. A inveja e ódio destes contra os que obedecem ao quarto mandamento, tornar-se-ão cada vez mais amargos. Mas o povo de Deus não deve esconder sua bandeira. Não devem desrespeitar os mandamentos de Deus, e, para passar bem, ir com a multidão a fazer mal. TS3 280 5 O Senhor anima todos quantos O buscam de todo o coração. Dá-lhes Seu Santo Espírito, a manifestação de Sua presença e favor. Mas os que se esquecem de Deus para salvar a vida, serão também por Ele esquecidos. Buscando salvar a vida pela renúncia à verdade, perderão a vida eterna. TS3 281 1 A noite da prova é quase passada. Satanás está exercendo seu magistral poder, pois sabe que seu tempo é pouco. Os castigos de Deus se acham sobre o mundo, a fim de chamar a todos quantos conhecem a verdade a ocultar-se na fenda da Rocha, e contemplar a glória de Deus. A verdade não pode ser oculta agora. Devem fazer-se declarações positivas. A verdade deve ser dita com sinceridade, em folhas soltas e brochuras, e estas, espalhadas como folhas do outono. ------------------------Capítulo 71 -- O trabalho no domingo TS3 281 2 Sanatório, Califórnia, 17 de Agosto de 1902 TS3 281 3 Prezado irmão: Procurarei responder à vossa pergunta quanto ao que deveis fazer no caso de serem decretadas leis dominicais. TS3 281 4 A luz que me foi dada pelo Senhor numa ocasião em que esperávamos justamente essa crise que parece estar-se aproximando de vós, foi que, quando o povo estivesse sendo, por um poder de baixo, compelido à observância do domingo, os adventistas do sétimo dia mostrassem prudência deixando seu trabalho ordinário nesse dia e dedicando-se a atividades missionárias. TS3 281 5 Desafiar as leis dominicais não fará senão fortalecer em suas perseguições os fanáticos religiosos que as buscam impor. Não lhes deis ocasião alguma de vos chamarem violadores da lei. Se lhes é permitido refrear unicamente indivíduos que não temam a Deus nem aos homens, em breve as rédeas perdem para eles a novidade, e verão que não lhes é coerente nem proveitoso serem estritos quanto à observância do domingo. Prossegui com vosso trabalho missionário, de Bíblia na mão, e o inimigo há de ver que derrotou sua própria causa. Ninguém receberá o sinal da besta pelo fato de mostrar que compreende a sabedoria de manter a paz mediante a abstenção de trabalho que constitua delito, fazendo ao mesmo tempo uma obra da mais elevada importância. TS3 282 1 Se dedicarmos o domingo à atividade missionária, o chicote será arrebatado das mãos dos fanáticos arbitrários, que se teriam deleitado em humilhar os adventistas do sétimo dia. Ao verem que nos domingos, nos empenhamos em visitar o povo e abrir perante eles as Escrituras, reconhecerão que lhes é inútil procurar estorvar nossa obra fazendo leis dominicais. TS3 282 2 O domingo pode ser empregado para desenvolver vários ramos de trabalho que muito farão em proveito do Senhor. Podem realizar-se nesse dia reuniões ao ar livre, ou em casas de família. Pode fazer-se trabalho de casa em casa. Os que escrevem, podem consagrar esse dia para redigir seus artigos. Realizem-se cultos religiosos no domingo, sempre que possível. Tornem-se essas reuniões vivamente interessantes. Cantem-se verdadeiros hinos de reavivamento, e fale-se com firmeza e poder do amor de Cristo. Fale-se acerca da temperança e da religião genuína. Deste modo aprendereis muito acerca de como trabalhar, e alcançareis muitas almas. TS3 282 3 Dediquem os professores em nossas escolas o domingo a trabalhos missionários. Fui instruída de que seriam assim capazes de derrotar os propósitos do inimigo. Tomem os professores consigo os estudantes, para realizarem reuniões em favor dos que não conhecem a verdade. Desse modo realizarão muito mais do que conseguiriam de outra maneira. TS3 282 4 Deus nos deu indicações claras acerca de nosso trabalho. Devemos proclamar a verdade a respeito do sábado do Senhor, para reparar a rotura feita em Sua lei. Devemos fazer tudo quanto esteja ao nosso alcance para iluminar os que se acham em ignorância; mas nunca nos devemos ligar a homens do mundo para receber auxílio financeiro. TS3 282 5 Acerca dos filhos de Israel, lemos: "E os tirei da terra do Egito, e os levei ao deserto. E dei-lhes os Meus estatutos, e lhes mostrei os Meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles. E também lhes dei os Meus sábados, para que servissem de sinal entre Mim e eles; para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica. Mas a casa de Israel se rebelou contra Mim no deserto, não andando nos Meus estatutos, e rejeitando os Meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; e profanaram grandemente os Meus sábados; e Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor no deserto, para os consumir. TS3 282 6 "O que fiz, porém, foi por amor do Meu nome, para que não fosse profanado diante dos olhos das nações perante as quais os fiz sair. E, contudo, Eu levantei a Minha mão para eles no deserto, para os não deixar entrar na terra que lhes tinha dado, a qual mana leite e mel, e é a glória de todas as terras; porque rejeitaram os Meus juízos, e não andaram nos Meus estatutos, e profanaram os Meus sábados; porque o seu coração andava após os seus ídolos. Não obstante o Meu olho lhes perdoou, para não os destruir nem os consumir no deserto. Mas disse Eu a seus filhos no deserto: Não andeis nos estatutos de vossos pais, nem guardeis os seus juízos, nem vos contamineis com os seus ídolos. Eu sou o Senhor vosso Deus; andai nos Meus estatutos, e guardai os Meus juízos, e executai-os. E santificai os Meus sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus." Ezequiel 20:10-20. A prova do Senhor TS3 283 1 O sábado é a prova do Senhor, e homem algum, seja ele rei, sacerdote ou governador, está autorizado a interpor-se entre Deus e o homem. Os que procuram servir de consciência para seus semelhantes, colocam-se acima de Deus. Os que se acham sob a influência de uma religião falsa, que observam um dia de descanso espúrio, rejeitarão a mais positiva evidência acerca do sábado verdadeiro. Procurarão obrigar os homens a obedecer às leis de sua própria criação, leis que são diretamente opostas à lei de Deus. Sobre os que insistem nesse procedimento, cairá a ira de Deus. A menos que mudem seu proceder, não podem escapar à penalidade. TS3 283 2 A lei da observância do primeiro dia da semana é produto de uma cristandade apóstata. O domingo é filho do papado, exaltado pelo mundo cristão acima do sagrado dia de repouso de Deus. Em caso algum lhe deve o povo de Deus prestar homenagem. Mas desejo que compreendam que, se provocam oposição quando Deus deseja que a evitem, não estão cumprindo a Sua vontade. Deste modo criam preconceito tão implacável que é impossível proclamar-se a verdade. Não façais, no domingo, demonstrações de desacato à lei. Se isto for feito num lugar, e fordes humilhados, far-se-á a mesma coisa noutro lugar. Podemos servir-nos do domingo para levar avante um trabalho que testifique de Cristo. Devemos fazer o melhor possível, trabalhando com toda a mansidão e humildade. Perseguição em reserva TS3 283 3 Cristo advertiu os Seus discípulos relativamente ao que haveriam de encontrar em seu trabalho como evangelistas. Ele sabia quais seriam seus sofrimentos, quais as provações e dificuldades que seriam chamados a suportar. Não lhes queria ocultar o conhecimento acerca do que teriam que enfrentar, a fim de que as dificuldades, vindo inesperadamente, não lhes abalassem a fé. "Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis", disse Ele. Com a vinda das aflições, sua fé deveria fortalecer-se e não debilitar-se. Haveriam então de dizer uns aos outros: "Ele nos disse que isso haveria de vir, e o que devemos fazer para resistir." "Eis", disse Cristo, "que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas." "E odiados de todos sereis por causa do Meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, será salvo." Mateus 10:16, 22. Odiaram a Cristo sem causa. É então maravilha que odeiem os que trazem Seu sinal, que fazem Seu serviço? São considerados a escória da Terra. TS3 284 1 "Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra." Não é vontade de Deus que vossa vida seja descuidadamente sacrificada. "Em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem." Mateus 10:23. TS3 284 2 Tem que ser dada ao povo a verdade, a verdade direta, positiva. Mas esta verdade deve ser apresentada no espírito de Cristo. Devemos ser como ovelhas no meio de lobos. Os que não querem, por amor de Cristo, observar as advertências por Ele dadas, e não querem exercer paciência nem domínio próprio, perderão preciosas oportunidades de trabalhar para o Mestre. O Senhor não deu ao Seu povo a obra de fazer críticas contra os que estão transgredindo Sua lei. Em caso nenhum devemos fazer ataques às outras igrejas. Lembremo-nos de que, como povo a quem foi confiada sagrada verdade, temos sido negligentes e positivamente infiéis. A obra tem-se limitado a alguns poucos centros, até que o povo ali se tornasse endurecido para com o evangelho. É difícil fazer impressão sobre os que tanto ouviram acerca da verdade, e contudo a rejeitaram. ... TS3 284 3 Tudo isso agora se acha contra nós. Se tivéssemos feito esforços fervorosos para alcançar os que, uma vez convertidos, seriam uma fiel representação do que a presente verdade faz pelos seres humanos, quanto mais avançada não estaria nossa obra agora! Não é direito que alguns poucos lugares tenham todas as vantagens, enquanto outros são negligenciados. Uma experiência em Avondale TS3 284 4 Em nossa escola de Avondale, perto de Cooranbong, na Austrália, surgiu para ser resolvida a questão do trabalho aos domingos. Parecia que o cerco logo seria estabelecido tão apertadamente ao redor de nós, que não mais poderíamos trabalhar aos domingos. Nossa escola estava situada no coração das matas, longe de qualquer vila ou estação de estrada de ferro. Ninguém morava bastante perto de nós para que fosse perturbado de qualquer modo, por qualquer coisa que pudéssemos fazer. Contudo, éramos observados. Os funcionários do governo foram instados a inspecionar nossa propriedade, e vieram. Poderiam ter visto muita coisa, se houvessem desejado processar-nos; mas não apareceram para observar os que estavam a trabalhar. Tinham tanta confiança em nós, como povo, e tão grande respeito por nós em virtude da obra que havíamos feito naquela localidade, que achavam poder em tudo ter confiança em nós. TS3 285 1 Muitos reconheciam a circunstância de que todo o povo da localidade havia sido transformado desde que ali chegáramos. Uma senhora que não era observadora do sábado, disse-nos: "A senhora não me há de acreditar se eu a informar plenamente acerca da transformação efetuada nesta localidade, em resultado de vossa mudança para cá, estabelecendo uma escola e realizando essas pequenas reuniões." TS3 285 2 Assim, quando nossos irmãos foram ameaçados de perseguição e lançados em perplexidade relativamente ao que deveriam fazer, foi dado o mesmo conselho que se dera em resposta à questão concernente aos jogos. Eu disse: "Empregai o domingo para fazer trabalho missionário para Deus. Professores, ide com vossos alunos. Tomai-os para a mata [assim chamávamos a região pouco povoada do sertão, onde as casas se encontram às vezes à distancia de dois ou três quilômetros uma da outra], e visitai o povo em suas casas. Saibam eles que estais interessados na salvação de sua alma." Assim fizeram, e em resultado, grandemente se beneficiaram a si próprios, capacitando-se para ajudar igualmente a outros. A bênção repousou sobre eles ao estudarem diligentemente as Escrituras a fim de saber apresentar as verdades da Palavra de modo que essas verdades fossem acolhidas com simpatia. TS3 285 3 Devemos fazer todo o possível para remover o preconceito existente no espírito de muitos contra nossa obra e contra o sábado. TS3 285 4 Ensinai o povo a conformar-se em todas as coisas com as leis de seu Estado, quando assim podem fazer sem entrar em conflito com a lei de Deus. TS3 285 5 Às vezes o coração dos perseguidores é suscetível a impressões divinas, como o foi o do apóstolo Paulo antes de sua conversão. ------------------------Capítulo 72 -- Beneficência TS3 286 1 "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares." Provérbios 3:9, 10. TS3 286 2 "Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais; e outros que retêm mais do que é justo, mas é para a sua perda. A alma generosa engordará, e o que regar também será regado." Provérbios 11:24, 25. TS3 286 3 "O liberal projeta coisas liberais, e pela liberalidade está em pé." Isaías 32:8. TS3 286 4 A sabedoria divina designou, no plano da salvação, a lei de ação e reação, tornando a obra da beneficência, em todas as suas modalidades, duplamente abençoada. Aquele que dá aos pobres abençoa outros, e é abençoado, em escala maior ainda. A beleza do evangelho TS3 286 5 Para que o homem não perdesse os benditos resultados da caridade, nosso Redentor formou o plano de alistá-lo como coobreiro Seu. Deus poderia ter atingido o Seu objetivo de salvar pecadores, sem o auxílio do homem; mas sabia que o homem não poderia ser feliz sem desempenhar uma parte na grande obra. Por uma cadeia de circunstâncias que haveriam de despertar no homem os sentimentos de caridade, concede-lhe Ele os melhores meios de cultivar a beneficência, e o conserva dando habitualmente para ajudar os pobres e para avançar Sua causa. Por suas necessidades, um mundo arruinado está derivando de nós talentos de meios e de influência, para apresentar a homens e mulheres a verdade, por cuja falta estão a perecer. E ao atendermos a esses chamados, pelo trabalho e por atos de caridade, tornamo-nos semelhantes à imagem dAquele que por nossa causa Se tornou pobre. Dando, abençoamos outros, e assim acumulamos verdadeiras riquezas. TS3 286 6 A glória do evangelho é ter ele base no princípio de restaurar na raça caída a imagem divina, por uma constante manifestação de beneficência. Esta obra começou nas cortes celestiais. Ali deu Deus aos seres humanos uma prova inequívoca do amor que a eles nutre. "Amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16. O dom de Cristo revela o coração do Pai. Testifica que, havendo empreendido nossa redenção, Ele não poupará coisa alguma, por cara que Lhe seja, a qual se necessite para completar Sua obra. TS3 287 1 O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O abnegado amor de Cristo é revelado na cruz. Para que o homem pudesse ser salvo, deu Ele tudo quanto possuía, e em seguida Se deu a Si mesmo. A cruz de Cristo apela para a beneficência de todo seguidor do bendito Salvador. O princípio ali ilustrado é dar, dar. Isto, levado a efeito em real beneficência e boas obras, é o verdadeiro fruto da vida cristã. O princípio dos mundanos é adquirir, adquirir, e assim esperam conseguir felicidade; mas, levado a efeito em todos os seus aspectos, o fruto é miséria e morte. TS3 287 2 A luz do evangelho que brilha da cruz de Cristo reprova o egoísmo, e anima a liberalidade e a beneficência. Não deveria ser fato de ser lamentado, o haver cada vez mais pedidos para dar. Deus, em Sua providência, está chamando Seu povo para fora de sua limitada esfera de ação, a fim de que se dediquem a maiores empreendimentos. Esforço ilimitado é o que se requer neste tempo em que trevas morais cobrem o mundo. Muitos do povo de Deus estão em perigo de ser enredados pela mundanidade e cobiça. Deveriam compreender que a Sua misericórdia é que multiplica os pedidos de meios. Têm que ser-lhes apresentados objetivos que estimulem a beneficência, ou do contrário não poderão imitar o caráter do grande Exemplo. As bênçãos da mordomia TS3 287 3 Dando aos discípulos a comissão de ir "por todo o mundo" e pregar "o evangelho a toda a criatura" (Marcos 16:15), Cristo designou aos homens a obra de disseminar o conhecimento de Sua graça. Porém, enquanto alguns saem a pregar, Ele roga a outros que atendam a Seus pedidos de ofertas, para manter Sua causa na Terra. Pôs Ele meios nas mãos dos homens, para que Seus dons divinos possam fluir através de canais humanos, fazendo nós a obra que nos foi designada, de salvar nossos semelhantes. Esta é uma das maneiras em que Deus exalta o homem. É justamente a obra de que o homem precisa; pois lhes despertará no coração as mais profundas simpatias, e porá em função as mais elevadas faculdades da mente. Tudo quanto de bom há na Terra, aqui foi colocado pela dadivosa mão de Deus, como uma expressão de Seu amor ao homem. Os pobres são Seus, e Sua é a causa da religião. O ouro e a prata pertencem ao Senhor; e Ele os poderia fazer chover do Céu, se o quisesse. Mas em vez disso fez Ele do homem o Seu mordomo, confiando-lhe recursos não para que fossem acumulados, mas usados em benefício de outros. Deste modo torna o homem o meio pelo qual distribui Suas bênçãos na Terra. Deus planejou o sistema de beneficência, a fim de que o homem se pudesse tornar como seu Criador: de índole benevolente e abnegada, e ser finalmente co-participante de Cristo, da eterna, gloriosa recompensa. Reunindo-se ao redor da cruz TS3 288 1 O amor expresso no Calvário deve ser reavivado, fortalecido e difundido entre nossas igrejas. Não devemos nós fazer tudo quanto podemos para tornar eficazes os princípios que Cristo trouxe ao mundo? Não nos devemos esforçar para estabelecer e tornar eficazes os empreendimentos de beneficência que agora são reclamados sem demora? Ao estardes perante a cruz, e verdes o Príncipe do Céu morrendo por vós, podeis fechar o coração, dizendo: "Não, não tenho nada para dar?" TS3 288 2 O crente povo de Cristo deve perpetuar o Seu amor. Este amor deve atraí-los juntamente em torno da cruz. Deve despi-los de todo o egoísmo e ligá-los a Deus e uns aos outros. TS3 288 3 Reuni-vos ao redor da cruz do Calvário, em sacrifício e abnegação. Deus vos abençoará ao fazerdes o melhor que podeis. Ao vos aproximardes do trono pela áurea cadeia baixada do Céu à Terra, para arrancar homens do abismo do pecado, vosso coração se expandirá em amor aos vossos irmãos e irmãs que estão sem Deus e sem esperança no mundo. TS3 288 4 Cada oportunidade de ajudar um irmão necessitado, ou auxiliar a causa de Deus na disseminação da verdade, é uma pérola que podeis de antemão enviar e pôr em depósito no banco celeste, para ser guardada em segurança. -- Testimonies for the Church 3:249 (1872). TS3 288 5 Quando, perante Deus, o caso de todos for passado em revista, não será feita a pergunta: Que professavam eles? mas: Que fizeram? Foram praticantes da Palavra? Viveram para si próprios, ou praticaram obra de beneficência, mediante atos de bondade e amor, preferindo os demais a si próprios, e negando-se a si mesmos a fim de poderem abençoar outros? Se o relatório mostra haver sido essa a sua vida, e que seu caráter foi assinalado pela ternura, abnegação e beneficência, receberão a bendita certeza, e a bênção de Cristo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. Cristo foi maltratado e ferido pelo vosso assinalado amor egoísta, e vossa indiferença para com os sofrimentos e necessidades dos outros. -- Testimonies for the Church 3:525 (1875). ------------------------Capítulo 73 -- Espírito de independência TS3 289 1 Antes de partir para a Austrália, e desde que cheguei a este país, tenho sido instruída que há uma grande obra para ser feita nos Estados Unidos. Os que estavam na obra a princípio, estão desaparecendo. Apenas uns poucos dos pioneiros da causa permanecem agora entre nós. Muitos dos pesados encargos antigamente assumidos por homens de longa experiência, estão recaindo agora sobre homens mais jovens. TS3 289 2 Esta transferência de responsabilidades para obreiros cuja experiência é mais ou menos limitada, acha-se acompanhada de alguns perigos contra os quais precisamos precaver-nos. O mundo está cheio de lutas pela supremacia. O espírito de afastamento de companheiros na obra, o espírito de desorganização, está no próprio ar que respiramos. Por alguns, todos os esforços para estabelecer ordem são considerados perigosos -- como uma restrição da liberdade individual, devendo, pois, ser temidos como sistema papal. Estas almas iludidas consideram virtude jactar-se de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Declaram que não aceitam a opinião de homem algum; que não são responsáveis para com homem nenhum. Fui instruída de que Satanás se esforça especialmente para levar homens a julgar que Deus Se agrada de que escolham seu próprio modo de proceder, independentemente do conselho de seus irmãos. TS3 289 3 Aí reside um grave perigo para a prosperidade de nossa obra. Precisamos agir discretamente, ajuizadamente, em harmonia com o juízo de conselheiros tementes a Deus; pois nesse procedimento, só, está a nossa segurança e força. Doutro modo Deus não pode operar conosco, por meio de nós e em nosso favor. TS3 289 4 Oh! como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo, e desorganizar a obra num tempo em que a organização integral é essencial, e constitui a maior força para evitar os levantes espúrios, e refutar pretensões não abonadas pela Palavra de Deus! Precisamos manter as linhas uniformemente, para que não haja quebra do sistema de organização e ordem, que se ergueu por meio de sábio, cuidadoso labor. Não se deve dar autonomia a elementos desordeiros que desejem controlar a obra neste tempo. TS3 290 1 Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmo-nos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente. As estrelas do céu estão todas sujeitas a leis, cada uma influenciando a outra a fazer a vontade de Deus, prestando obediência comum à lei que lhes dirige a ação. E, para que a obra do Senhor possa avançar sadia e solidamente, Seu povo deve unir-se. TS3 290 2 Os movimentos esporádicos, agitados, de alguns que pretendem ser cristãos, são bem representados pelo trabalho de cavalos fortes, mas não adestrados. Quando um puxa para a frente, outro puxa para trás, e à voz de seu guia, um se precipita para diante, e o outro fica imóvel. Se os homens não agirem em harmonia na grande e importante obra para este tempo, haverá confusão. Não é bom sinal recusarem-se os homens a unir-se a seus irmãos, e preferirem agir sozinhos. Falem os obreiros confidencialmente com os irmãos que estão dispostos a apontar cada desvio dos princípios verdadeiros. Se os homens tomarem o jugo de Cristo, não poderão puxar cada um para o seu lado; puxarão com Cristo. TS3 290 3 Alguns obreiros puxam com toda a força que Deus lhes deu, mas não aprenderam ainda que não devem puxar sozinhos. Em vez de isolar-se, puxem eles em harmonia com seus coobreiros. A menos que isso façam, sua atividade se processará fora de tempo e em direção errada. Trabalharão muitas vezes contra aquilo que Deus deseja ver feito, e assim sua obra é mais do que inútil. Unidade na adversidade TS3 290 4 Por outro lado, os guias dentre o povo de Deus devem precaver-se contra o perigo de condenar os métodos de obreiros que são pelo Senhor levados a fazer uma obra especial que só poucos estão habilitados para desempenhar. Sejam os irmãos que estão em cargos de responsabilidade, cuidadosos no criticar maneiras de proceder que não estejam em perfeita harmonia com os seus métodos de trabalho. Não suponham jamais que cada plano deva refletir a sua própria personalidade. Não temam confiar nos métodos de outrem; pois recusando confiar num coobreiro que, com humildade e zelo consagrado está fazendo uma obra especial, na maneira por Deus designada, eles estão retardando o avanço da causa do Senhor. TS3 290 5 Deus pode servir-Se, e servir-Se-á dos que não tiverem instrução esmerada nas escolas dos homens. Duvidar de Seu poder para fazer isso, é manifesta incredulidade; é limitar o poder onipotente dAquele para quem nada é impossível. Quem dera houvesse menos dessa cautela indesejável, desconfiante! Ela deixa tantas forças da igreja sem serem usadas; fecha o caminho de modo que o Espírito Santo não Se possa utilizar de homens; mantém em ociosidade os que estão dispostos e ansiosos para trabalhar segundo a maneira de Cristo; desencoraja de entrarem na obra a muitos que se tornariam coobreiros eficientes de Deus, se se lhes desse uma oportunidade razoável. TS3 291 1 Para o profeta, a roda dentro de uma roda, a aparência de criaturas viventes com elas relacionadas, tudo parecia complicado e inexplicável. Mas a mão da infinita Sabedoria é vista entre as rodas, e ordem perfeita é o resultado da obra das mesmas. Cada roda, dirigida pela mão de Deus, opera em harmonia perfeita com cada uma das demais rodas. Foi-me mostrado que instrumentos humanos são propensos a buscar demasiada autoridade, procurando dirigir eles mesmos a obra. Excluem de seus métodos e planos o Senhor Deus, o poderoso Obreiro, e não Lhe confiam tudo relativamente ao avanço da obra. Ninguém deve por um momento imaginar que é capaz de dirigir as coisas que pertencem ao grande EU SOU. Deus em Sua providência está preparando um caminho de maneira que a obra possa ser feita por agentes humanos. Fique, pois, cada qual em seu posto de dever, para desempenhar sua parte para este tempo, e saiba que Deus é seu instrutor. A associação geral TS3 291 2 Fui muitas vezes instruída pelo Senhor de que o juízo de homem algum deve estar sujeito ao juízo de outro homem qualquer. Nunca deve a mente de um homem ou de uns poucos homens ser considerada suficiente em sabedoria e autoridade para controlar a obra, e dizer quais os planos que devam ser seguidos. Mas quando numa assembléia geral, é exercido o juízo dos irmãos reunidos de todas as partes do campo, independência e juízo particulares não devem obstinadamente ser mantidos, mas renunciados. Nunca deve um obreiro considerar virtude a persistente conservação de sua atitude de independência, contrariamente à decisão do corpo geral. TS3 292 3 Por vezes, quando um pequeno grupo de homens, aos quais se acha confiada a direção geral da obra, tem procurado, em nome da Associação Geral, exercer planos imprudentes e restringir a obra de Deus, tenho dito que eu não poderia por mais tempo considerar a voz da Associação Geral, representada por esses poucos homens, como a voz de Deus. Mas isto não equivale a dizer que as decisões de uma Associação Geral composta de uma Assembléia de homens representativos e devidamente designados, de todas as partes do campo, não deva ser respeitada. Deus ordenou que os representantes de Sua igreja de todas as partes da Terra, quando reunidos numa Assembléia Geral, devam ter autoridade. O erro que alguns estão em perigo de cometer, é dar à opinião e ao juízo de um homem, ou de um pequeno grupo de homens, a plena medida de autoridade e influência de que Deus revestiu Sua igreja, no juízo e voz da Associação Geral reunida para fazer planos para a prosperidade e avançamento de Sua obra. TS3 292 1 Quando este poder, que Deus colocou na igreja, é entregue inteiramente a um só homem, e ele é revestido da autoridade de servir de critério para outros espíritos, acha-se então mudada a verdadeira ordem da Bíblia. Os esforços de Satanás sobre o espírito de tal homem seriam os mais sutis, e por vezes quase dominantes; pois o inimigo teria a esperança de, por meio do seu espírito, poder influenciar muitos outros. Demos à mais altamente organizada autoridade na igreja aquilo que somos propensos a dar a um único homem ou a um pequeno grupo de homens. ------------------------Capítulo 74 -- Distribuição de responsabilidades TS3 292 2 Deus quer que o Seu povo seja um povo dedicado. Dispôs Ele as coisas de maneira tal que homens escolhidos sejam enviados como delegados às nossas assembléias. Esses homens devem ser experimentados e provados. Devem ser homens dignos de confiança. A escolha dos delegados para assistirem às nossas assembléias é um assunto importante. Esses homens devem fazer os planos que serão adotados para o avançamento da obra, pelo que devem ser homens de discernimento, capazes de raciocinar da causa para o efeito. TS3 292 3 "E aconteceu que, ao outro dia, Moisés assentou-se para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até à tarde. Vendo pois o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto, que tu fazes ao povo? por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até à tarde? Então disse Moisés a seu sogro: É porque este povo vem a mim, para consultar a Deus; quando tem algum negócio vem a mim, para que eu julgue entre um e outro, e lhes declare os estatutos de Deus, e as Suas leis. O sogro de Moisés porém lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente desfalecerás, assim tu, como este povo que está contigo; porque este negócio é mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. Ouve agora a minha voz; eu te aconselharei, e Deus será contigo: sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as coisas a Deus; e declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza, e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo. TS3 293 1 "Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz virá ao seu lugar. TS3 293 2 "E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito; e escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo: maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles." Êxodo 18:13-26. TS3 293 3 No primeiro capítulo de Atos, são-nos também fornecidas instruções quanto à escolha de homens que devem arcar com responsabilidades na igreja. A apostasia de Judas deixara um lugar vago nas fileiras dos apóstolos, e era necessário que fosse escolhido outro para substituí-lo. A esse respeito disse Pedro: TS3 293 4 "É necessário pois que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da Sua ressurreição. E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o justo, e Matias. E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar. E lançando-lhes sortes caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum, foi contado com os onze apóstolos." Atos dos Apóstolos 1:21-26. Discrição na escolha de líderes TS3 293 5 Aprendemos, desses passos das Escrituras, que o Senhor tem certos homens para ocupar determinados cargos. Deus ensinará Seu povo a proceder com cautela e a escolher judiciosamente os homens que não traiam os sagrados encargos. Se nos dias de Cristo foi necessário que os crentes usassem de prudência para a escolha dos homens para os cargos de responsabilidade, nós que vivemos neste tempo certamente precisamos usar de grande discrição. Devemos apresentar a Deus cada caso, e, com oração fervorosa, pedir-Lhe que escolha por nós. TS3 294 1 O Senhor Deus do Céu escolheu homens de experiência para assumirem as responsabilidades na Sua causa. Esses homens devem exercer influência especial. Se a todos é concedida a autoridade conferida a esses homens escolhidos, terá que haver uma pausa. Os que são escolhidos para arcarem com as responsabilidades da causa de Deus não devem ser precipitados, nem presumidos, ou egoístas. Nunca devem a sua influência e exemplo estimular o mal. O Senhor nunca deu a nenhum homem ou mulher a liberdade de propor idéias que tirem da obra o seu cunho sagrado, produzindo nela vulgaridade. A obra de Deus deve tornar-se para Seu povo mais e mais sagrada. Devemos ressaltar por todos os meios possíveis o exaltado caráter da verdade. Os que foram postos como chefes da obra de Deus em nossas instituições devem acentuar sempre a vontade e o caminho de Deus. O bem da obra em geral depende da fidelidade dos homens designados para executar a vontade de Deus nas igrejas. TS3 294 2 Devem confiar-se os cargos a homens que queiram adquirir experiência mais vasta, não no tocante ao que é seu, mas no que concerne às coisas de Deus, um conhecimento mais amplo do caráter de Cristo. Quanto melhor conheçam a Cristo, mais fielmente O representarão no mundo. Devem escutar-Lhe a voz e estar atentos às Suas palavras. Uma advertência TS3 294 3 "Então começou Ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos Seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso Eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. TS3 294 4 "E tu, Cafarnaum, que te ergues até os céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Porém Eu vos digo que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti. TS3 294 5 "Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças Te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim Te aprouve. Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho O quiser revelar. TS3 295 1 "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Mateus 11:20-30. TS3 295 2 Sempre há segurança em ser manso, humilde e compassivo; mas ao mesmo tempo devemos ser firmes como a rocha no que concerne aos ensinos de Cristo. Suas instruções devem ser seguidas estritamente. Não deve ser perdida de vista uma que seja das Suas palavras. A verdade permanece para sempre. Não devemos confiar em mentira ou pretensão alguma. Os que assim procedem verificarão que o fizeram a custo da vida eterna. Devemos fazer veredas retas para os nossos pés, para que o coxo não se extravie. Quando os coxos se apartam do caminho seguro, quem será responsabilizado senão os que os desviaram? Em troca das obras enganosas que têm por autor o pai da mentira, anularam o conselho dAquele cujas palavras são vida eterna. TS3 295 3 Tenho palavras para dizer a todos quantos crêem andar acertados com educarem-se em Battle Creek. O Senhor destruiu duas das nossas maiores instituições estabelecidas em Battle Creek(5) e nos transmitiu uma advertência após outra, tal como Cristo, antigamente, advertiu Betsaida e Cafarnaum. É necessário dar a maior atenção a toda palavra que sai da boca de Deus. Não pode haver da nossa parte afastamento das palavras de Cristo sem que cometamos pecado. O Salvador insiste com os errantes para que se arrependam. Os que humilham o coração e confessam os pecados serão perdoados. Suas transgressões serão relevadas. Mas o homem que considera que, confessando os seus pecados, demonstra fraqueza, não achará perdão, nem verá em Cristo o seu Redentor; perseverará na transgressão e cometerá uma falta após outra e acrescentará pecado a pecado. Que fará essa pessoa no dia em que os livros forem abertos e cada um for julgado segundo as coisas que neles estiverem escritas? TS3 295 4 O quinto capítulo do Apocalipse precisa ser detidamente estudado. Ele é da maior importância para os que haverão de participar da obra de Deus nestes últimos dias. Alguns há que são enganados. Não se apercebem do que está para acontecer na Terra. Os que têm permitido que se lhes obscureça a mente no tocante à natureza do pecado, são vítimas de um erro fatal. A menos que efetuem mudança decisiva, quando Deus pronunciar Suas sentenças sobre os filhos dos homens serão achados em falta. Transgridem a lei e quebram a aliança eterna, e receberão em conformidade com as suas obras. TS3 296 1 "E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o Sol tornou-se negro como saco de silício, e a Lua tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a Terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?" Apocalipse 6:12-17. TS3 296 2 "Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. ... Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima." Apocalipse 7:9-17. TS3 296 3 Nesses passos das Escrituras são apresentados dois grupos de pessoas. Um deles se deixou enganar e aliou-se aos inimigos do Senhor. Interpretaram erroneamente as mensagens que lhes foram dirigidas e revestiram-se de justiça própria. Para eles não havia malignidade no pecado. Ensinaram mentiras como se fossem verdade, e por sua causa muitas almas se extraviaram. TS3 296 4 É-nos preciso, agora, vigiar-nos a nós mesmos. Foram-nos feitas advertências. Não podemos nós ver o cumprimento das predições de Cristo, contidas no vigésimo primeiro capítulo de Lucas? Quantos estão estudando as palavras de Cristo? Quantos se estão enganando a si mesmos e privando das bênçãos reservadas para os que crêem e obedecem? O tempo de graça se prolonga ainda, e temos a faculdade de apropriar-nos da esperança que o evangelho nos apresenta. Arrependamo-nos e convertamo-nos, abandonando os nossos pecados para que sejam apagados. "Passará o céu e a Terra, mas as Minhas palavras não hão de passar. E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a Terra. Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." Lucas 21:33-36. TS3 297 1 Ficarão desatendidas as advertências de Cristo? Não nos arrependeremos sinceramente agora, enquanto a suave voz da Misericórdia ainda é ouvida? TS3 297 2 "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Quem é pois o servo fiel e prudente, que o Senhor constituiu sobre a Sua casa, para dar o sustento a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os Seus bens. Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os temulentos, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes." Mateus 24:42-51. ------------------------Capítulo 75 -- Com humildade e fé TS3 297 3 Foram-me dadas instruções especiais para o povo de Deus, porque tempos perigosos estão perante nós. Aumenta no mundo o espírito de destruição e violência. Na igreja, o poder humano torna-se predominante; os que foram escolhidos para ocupar cargos de confiança julgam-se com o direito de dominar. TS3 297 4 Os homens a quem o Senhor chama para ocuparem em Sua obra cargos importantes, devem cultivar humilde confiança nEle. Não devem buscar enfeixar em mãos demasiada autoridade; porque Deus não os chamou para dominarem, mas para estabelecerem planos e aconselharem-se com os coobreiros. Todo obreiro deve considerar-se igualmente sujeito aos reclamos e instruções de Deus. Conselheiros sábios TS3 298 1 Em vista da importância da obra no sul da Califórnia e as perplexidades que a envolvem, deveriam ser escolhidos pelo menos cinco homens sábios e experientes para consultarem-se com os presidentes das Associações e Uniões locais no tocante a planos e métodos gerais. O Senhor não aprova a tendência manifestada por alguns de dominarem os que possuem experiência maior que a sua. Com essa sua maneira de agir, têm alguns demonstrado não estarem capacitados para o cargo importante que ocupam. Todo ser humano que busca dar-se proporções desmedidas e dominar seus semelhantes, demonstra que seria perigoso confiarem-se-lhe responsabilidades religiosas. TS3 298 2 Não abrigue ninguém a idéia de que, a menos que se disponha do dinheiro necessário, não se deveria empreender atividade alguma que exija recursos. Se no passado houvéssemos seguido sempre esse método, freqüentemente teríamos perdido vantagens consideráveis, tais como as conseguidas ao comprarmos a escola de Fernando, e os sanatórios de Paradise Valley, Glendale e Loma Linda. "Avançai" TS3 298 3 Nem sempre deve ser considerado mais sábio o plano de não empreender coisa alguma que exija gastos elevados, sem ter à disposição o dinheiro necessário para terminar o empreendimento. Na edificação de Sua obra, nem sempre esclarece o Senhor todas as coisas para os Seus servos. Fazendo-os avançar pela fé, Ele algumas vezes prova a confiança de Seu povo. Freqüentemente põe-no em situações difíceis e críticas, e o manda avançar quando já os seus pés parece tocarem as águas do Mar Vermelho. Em ocasiões tais, quando os Seus servos elevam orações a Ele com ardente fé, é que Ele lhes depara uma solução e os leva a lugares espaçosos. TS3 298 4 O Senhor quer que neste tempo o Seu povo creia que por eles Ele fará grandes coisas, como fez pelos filhos de Israel na jornada do Egito para Canaã. Devemos manifestar fé consciente, que não vacile em seguir as instruções do Senhor nos momentos mais difíceis. "Avançai" é a ordem que Deus dá ao Seu povo. TS3 298 5 A execução dos planos de Deus exige fé e alegre obediência. Quando Ele indica a necessidade de estabelecer a obra em lugares onde ela poderá exercer influência, deve o povo seguir e trabalhar pela fé. Por seu procedimento piedoso, humildade, orações e esforços fervorosos, deve lutar para induzir os homens a apreciarem a boa obra que o Senhor estabeleceu em seu meio. Deus pretendia que o sanatório de Loma Linda viesse a ser de propriedade de nosso povo; e executou-o num momento em que as torrentes de dificuldades eram impetuosas e transbordavam de seu leito. TS3 299 1 A defesa de interesses particulares para alcançar finalidades pessoais é uma coisa. Nisso podem os homens seguir sua própria orientação. Mas o levar avante a obra do Senhor na Terra é assunto totalmente diverso. Ao indicar Ele que a compra de determinada propriedade é necessária para o progresso de Sua causa e para a edificação de Sua obra, quer se trate de hospitais, escolas ou quaisquer outras instituições, Ele tornará possível a realização desses empreendimentos se os que têm experiência mostrarem fé e confiança em Seus planos e agirem com presteza para aproveitar as vantagens que Deus lhes aponta. Embora não devamos arrebatar a propriedade de ninguém, devemos, porém, quando são oferecidas vantagens, estar bem despertos para apreciá-las a fim de podermos fazer planos para a edificação da obra. E ao havermos feito isso, devemos empregar todas as nossas energias para obter do povo de Deus as ofertas voluntárias para a manutenção das novas instituições. TS3 299 2 Freqüentemente vê o Senhor a Seus obreiros na incerteza quanto ao que devem fazer. Nesses momentos, se nEle depositarem confiança, Ele lhes revelará a Sua vontade. Daí em diante, a obra de Deus deve avançar rapidamente; e se o Seu povo atender ao apelo, Ele dará espírito voluntário às pessoas ricas para darem de seus recursos e possibilitar, assim, a conclusão de Sua obra na Terra. "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." Hebreus 11:1. A fé na Palavra de Deus dará aos Seus filhos a posse de propriedades que lhes permitirão trabalharem nas grandes cidades que esperam a mensagem da verdade. TS3 299 3 A indiferença, formalismo e incredulidade com que alguns obreiros fazem o seu trabalho constitui ofensa grave ao Espírito de Deus. Diz o apóstolo Paulo: "Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a Palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão. E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós." Filipenses 2:14-17. TS3 299 4 Devemos incutir-nos uns aos outros aquela fé viva que Cristo tornou acessível a todo crente. A obra deve prosseguir à medida que o Senhor prepare o caminho. Ao levar Ele os Seus a situações difíceis, têm eles a vantagem de poderem reunir-se para orar, lembrando que todas as coisas vêm de Deus. Aqueles que ainda não participaram das experiências decisivas que acompanham a obra dos últimos dias, logo terão que passar por cenas que provarão fortemente a sua confiança em Deus. No tempo em que Seu povo não vê meio de avançar, quando o Mar Vermelho lhes está na frente e os exércitos perseguidores à retaguarda, é que Deus lhes ordena: "Avançai." Procede Ele dessa maneira para lhes provar a fé. Ao vos sobrevirem essas circunstâncias, avançai, confiantes em Cristo. Andai passo a passo no caminho que Ele vos indicar. Provas vos sobrevirão, mas avançai. Adquirireis com isso uma experiência que vos fortalecerá a fé em Deus e vos capacitará para serviço mais fiel. O exemplo de Cristo TS3 300 1 Deve o povo de Deus adquirir experiência mais profunda e mais vasta nas coisas religiosas. Cristo é o nosso exemplo. Se, mediante fé viva e santificada obediência à palavra de Deus, manifestamos o amor e a graça de Cristo, se demonstramos conceito acertado pelas providências com que Deus dirige a Sua obra, manifestaremos ao mundo um poder convincente. Não é a posição elevada que nos confere valor aos olhos de Deus. O homem é medido pela sua consagração e fidelidade no cumprimento da vontade divina. Se o remanescente povo de Deus andar perante Ele com humildade e fé, Deus, por meio deles executará o Seu eterno propósito, capacitando-os para trabalharem em harmonia para dar ao mundo a verdade tal qual é em Jesus. Ele os usará a todos -- homens, mulheres e crianças -- para fazer brilhar a luz sobre o mundo e dele tirar um povo que será fiel aos Seus mandamentos. Por meio da fé que o Seu povo nEle deposita, Deus mostrará ao mundo que Ele é o Deus verdadeiro, o Deus de Israel. TS3 300 2 "Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo", exorta o apóstolo Paulo, "para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho. E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas para vós de salvação, e isto de Deus. Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nEle, como também padecer por Ele." Filipenses 1:27-29. TS3 300 3 "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa. Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. TS3 301 1 "Não atente cada um para o que é propriamente seu mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. ... Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-Se a Si mesmo, ... sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus O exaltou soberanamente, e Lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos Céus, e na Terra e debaixo da Terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é O que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Filipenses 2:1-13. TS3 301 2 Fui encarregada de apresentar estas palavras aos nossos irmãos do sul da Califórnia. Elas são necessárias em toda parte em que haja uma igreja estabelecida, porque um espírito estranho se tem introduzido em nosso meio. TS3 301 3 É tempo de que os homens humilhem perante Deus o coração, e aprendam a trabalhar segundo a Sua maneira. Os que têm buscado dominar os seus coobreiros, tratem de examinar o espírito de que estão animados. Devem buscar o Senhor com jejum, oração e contrição de espírito. TS3 301 4 Em Sua vida terrestre, Cristo deu um exemplo que todos podem seguir com segurança. Ele ama o Seu rebanho e não quer que sobre ele se estabeleça autoridade alguma que lhes restrinja a liberdade no trabalho que Lhe prestam. Ele nunca comissionou ninguém para que dominasse sobre a Sua herança. A verdadeira religião bíblica produzirá o domínio próprio e não de um sobre outro. Como povo, carecemos de uma medida maior do Espírito Santo, a fim de, sem exaltação, podermos anunciar a mensagem solene de que Deus nos incumbiu. TS3 301 5 Irmãos, aplicai a vós mesmos as vossas palavras de censura. Ensinai o rebanho de Deus a contemplar a Cristo e não ao homem que é falível. Toda alma que se torna instrutora da verdade deve produzir em sua própria vida os frutos da santidade. Ao contemplar a Cristo e segui-Lo, apresentará às almas que lhes são confiadas um exemplo do que deve ser o cristão verdadeiro, disposto a aprender. Deixai que Deus vos ensine o Seu método. Consultai-O diariamente para saber qual seja a Sua vontade. Ele dará conselho infalível a todos quantos O buscarem de coração sincero. Andai de maneira digna da vocação com que fostes chamados, louvando a Deus, tanto com vosso procedimento diário como com as vossas orações. Dessa maneira pregando a Palavra da vida, constrangereis outras almas a seguirem a Cristo. ------------------------Capítulo 76 -- Liderança bem equilibrada TS3 302 1 Esta manhã eu não posso encontrar repouso. Estou inquieta quanto à situação que prevalece no sul da Califórnia. Deus confiou a cada homem o seu trabalho; mas alguns há que não consideram com oração a sua responsabilidade pessoal. TS3 302 2 Ao ser escolhido um obreiro para um cargo, a função em si não lhe confere capacidade que antes não possuísse. Um alto cargo não confere ao caráter as virtudes cristãs. Quem imagina poder por si só traçar os planos para todos os ramos da obra, demonstra grande falta de sabedoria. Mente humana alguma é capaz de por si mesma, assumir as numerosas e variadas responsabilidades de uma Associação que conta com milhares de membros e abarca muitos ramos de atividade. TS3 302 3 Foi-me, porém, mostrado um perigo ainda maior: é o conceito difundido entre os nossos obreiros de que os pregadores e outros empregados na causa devam deixar para alguns chefes o cuidado de determinar-lhes as responsabilidades. A inteligência e o discernimento de um homem não devem ser considerados suficientes para dirigir e modelar uma Associação. Tanto o indivíduo como a igreja têm cada qual as suas responsabilidades. A cada homem deu Deus algum talento ou talentos para serem usados e aperfeiçoados. Ao fazer uso desses talentos, ele se torna mais útil para servir. Deus concedeu entendimento a cada indivíduo e quer que Seus obreiros empreguem esse dom e o desenvolvam. Não deve o presidente de uma Associação imaginar que o seu critério individual deva reger o dos demais. TS3 302 4 Em Associação nenhuma devem apresentar-se propostas precipitadamente, sem que se conceda aos irmãos o tempo suficiente para examinarem acuradamente todos os aspectos do assunto. Tem-se pensado algumas vezes que, por haver sido o presidente da Associação quem sugeriu certos planos, não haveria necessidade de consultar o Senhor a esse respeito. Dessa forma foram aceitas propostas que não visavam ao bem espiritual dos crentes, e cujas conseqüências tinham alcance que muito excedia ao que era aparente no primeiro exame. Tais procedimentos não têm a aprovação divina. Muitos, muitíssimos assuntos têm sido propostos e votados, que implicavam em muito mais do que estava previsto, e muito mais do que os votantes estariam dispostos a aprovar, caso houvessem tomado tempo para examinar o caso em todos os seus prismas. TS3 303 1 Neste tempo não podemos ser descuidados ou negligentes na obra de Deus. Se quisermos preparar-nos para as provas que nos esperam, devemos cada dia buscar o Senhor com fervor. Deve o nosso coração estar limpo de todo sentimento de superioridade, e serem implantados na alma os princípios vivos da verdade. Os jovens e os anciãos, bem como as pessoas de meia-idade devem praticar agora as virtudes do caráter de Cristo. Cada dia deverão desenvolver-se espiritualmente a fim de chegarem a ser vasos de honra no serviço do Mestre. TS3 303 2 "E aconteceu que, estando Ele a orar num certo lugar, quando acabou Lhe disse um dos Seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos." Lucas 11:1. A oração que, em resposta a este pedido, Cristo deu aos discípulos, não está feita em linguagem empolada, mas, com palavras simples, expressa as necessidades da alma. É curta, e refere-se diretamente às necessidades cotidianas. Confiar em Deus TS3 303 3 Cada alma tem a prerrogativa de apresentar ao Senhor as suas necessidades particulares, bem como ações de graças pessoais pelas bênçãos que cada dia recebe. Mas as numerosas orações longas, sem vida e sem fé, que são feitas a Deus, em vez de Lhe serem uma satisfação, são-Lhe uma opressão. Oh! quanto precisamos nós de coração puro, convertido! Precisamos de que nossa fé seja fortalecida. "Pedi, e dar-se-vos-á", é a promessa do Salvador, "buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mateus 7:7. Devemos habituar-nos a confiar em Sua Palavra e a acrescentar a todas as nossas obras a luz e a graça de Cristo. Precisamos apossar-nos de Cristo e a Ele apegar-nos até que em nós se manifeste o poder transformador da Sua graça: Se quisermos refletir o caráter divino, precisamos ter fé em Cristo. TS3 303 4 Cristo revestiu a Sua divindade da nossa humanidade, e levou vida de oração e abnegação, sustentando dia a dia uma batalha contra a tentação a fim de poder socorrer os que hoje são tentados. Ele é a nossa eficiência e fortaleza. Quer que, ao apropriar-se da Sua graça, a humanidade participe da Sua natureza divina, e evite, assim, a corrupção que, pela concupiscência, há no mundo. A Palavra de Deus contida no Antigo e Novo Testamentos, estudada com fidelidade e recebida na vida, comunica sabedoria e vida espirituais. Essa Palavra deve ser amada com amor sagrado. A fé na Palavra de Deus e o poder de Cristo para transformar a vida habilitarão o crente para realizar as Suas obras e viver jubilosamente no Senhor. TS3 304 1 Repetidamente fui instruída a dizer ao nosso povo: Ponde em Deus a vossa confiança e a vossa fé. Não confieis a nenhum homem falível o encargo de definir o vosso dever. Tendes o privilégio de dizer: "Então declararei o Teu nome aos meus irmãos; louvar-Te-ei no meio da congregação. Vós, que temeis ao Senhor, louvai-O; todos vós, descendência de Jacó, glorificai-O; e temei-O todos vós, descendência de Israel. Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o Seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu. O meu louvor virá de Ti... pagarei os meus votos perante os que O temem. Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que O buscam; o vosso coração viverá eternamente." Salmos 22:22-26. TS3 304 2 Esses passos das Escrituras vêm bem ao caso. Cada membro da igreja deve compreender que unicamente de Deus é que deve ser esperada a compreensão do dever individual. Bom é que os irmãos se consultem; mas quando os homens prescrevem aos irmãos exatamente o que devem fazer, respondam-lhes eles que escolheram por conselheiro ao Senhor. Os que com humildade O buscarem verão que a Sua graça é suficiente. Mas quando uma pessoa consente que outra se interponha entre ela e o dever que Deus lhe designou, confiando no homem e tomando-o por guia, desvia-se da base firme em que está, para outra insegura e perigosa. Em vez de crescer e desenvolver-se, perderá a espiritualidade. TS3 304 3 Homem nenhum possui a faculdade de corrigir os seus próprios defeitos de caráter. Cada indivíduo deve por a sua esperança e confiança nAquele que é mais do que humano. Devemos estar sempre lembrados de que a nossa ajuda está nAquele que é poderoso. O Senhor providenciou o necessário auxílio para toda alma que O aceite. ------------------------Capítulo 77 -- "Sou ainda menino pequeno" TS3 304 4 No princípio de seu reinado, Salomão orou: "Ó Senhor meu Deus, Tu fizeste reinar a Teu servo em lugar de Davi meu pai. E sou ainda menino pequeno nem sei como sair, nem como entrar." 1 Reis 3:7. TS3 305 1 Salomão havia sucedido a seu pai Davi no trono de Israel. Deus o honrara grandemente e, como sabemos, tornou-se ele posteriormente o maior, mais rico e mais sábio rei que já se assentara sobre um trono terrestre. Já no princípio de seu reinado impressionou-o o Espírito Santo com a solenidade de suas responsabilidades, e embora rico em talentos e habilidade, reconheceu Salomão que sem auxílio divino estava desamparado como uma criancinha para os executar. Salomão não foi nunca tão rico nem tão sábio ou tão verdadeiramente grande como quando confessou ao Senhor: "Sou ainda menino pequeno; nem sei como sair, nem como entrar." 1 Reis 3:7. TS3 305 2 Foi num sonho, em que o Senhor lhe apareceu, dizendo: "Pede o que quiseres que te dê" (1 Reis 3:5), que Salomão assim deu expressão à sua sensação de desamparo e necessidade de auxílio divino. Continuou: "Teu servo está no meio do Teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão. A Teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque, quem poderia julgar a este Teu tão grande povo? TS3 305 3 "E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, que Salomão pedisse esta coisa. E disse-lhe Deus: Porquanto pediste esta coisa, e não pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos, mas pediste para ti entendimento, para ouvir causas de juízo, eis que fiz segundo as tuas palavras. Eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual se não levantará. E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias." Agora as condições: "E, se andares nos Meus caminhos, guardando os Meus estatutos, e os Meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei os teus dias. TS3 305 4 "E acordou Salomão, e eis que era sonho. E veio a Jerusalém, e pôs-se perante a arca do concerto do Senhor, e sacrificou holocaustos, e preparou sacrifícios pacíficos, e fez um banquete a todos os seus servos." 1 Reis 3:8-15. TS3 305 5 Todos os que ocupam posições de responsabilidade precisam aprender a lição que é ensinada na humilde oração de Salomão. Devem sempre lembrar-se de que a posição jamais muda o caráter ou torna o homem infalível. Quanto mais alta a posição que um homem ocupa, quanto maior a responsabilidade que tem sobre si, tanto mais ampla será a influência que exerce, e tanto maior sua necessidade de sentir sua dependência da sabedoria e força de Deus, e de cultivar o melhor e mais santo caráter. Os que aceitam uma posição de responsabilidade na causa de Deus devem lembrar-se sempre de que com o chamado para esta obra, Deus os chamou igualmente para andar circunspectamente diante dEle e de seus semelhantes. Em vez de considerar seu dever ordenar e impor e comandar, devem reconhecer que lhes compete aprender. Ao deixar um obreiro de responsabilidade de aprender esta lição, quanto mais cedo for ele despedido de suas responsabilidades tanto melhor será para ele e para a obra de Deus. A posição nunca dará santidade nem excelência de caráter. Quem honra a Deus e guarda os Seus mandamentos, é ele mesmo honrado. TS3 306 1 A pergunta que cada um deve dirigir a si mesmo, com toda a humildade, é: "Estou eu habilitado para esta posição? Aprendi eu a manter-me no caminho do Senhor, a fazer justiça e juízo?" O exemplo terrestre do Salvador nos foi dado para que não andemos em nossa própria força, mas para que cada um se considere, como disse Salomão, "menino pequeno". 1 Reis 3:7. "Imitadores de Deus, como filhos amados" TS3 306 2 Toda alma verdadeiramente convertida pode dizer: "Sou apenas um menino pequeno (1 Reis 3:7); mas sou filho de Deus." Foi a preço infinito que se tomaram providências pelas quais a família humana pudesse ser restaurada à filiação divina. No princípio Deus fez o homem à Sua própria semelhança. Nossos primeiros pais escutaram a voz do tentador e cederam ao poder de Satanás. Mas o homem não foi abandonado aos resultados do mal que ele escolhera. Foi-lhe feita a promessa de um Libertador. "Porei inimizade entre ti e a mulher", disse Deus à serpente, "e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Gênesis 3:15. Antes de ouvirem acerca dos cardos e espinhos, acerca da tristeza e labores que teriam que ser o seu quinhão, ou do pó a que teriam que voltar, ouviram palavras que não podiam deixar de lhes incutir esperança. Tudo que se perdera pela submissão a Satanás podia ser reavido por intermédio de Cristo. TS3 306 3 O Filho de Deus foi entregue para redimir a raça humana. A custo de sofrimento infinito, o inocente pelo pecador, foi pago o preço que deveria remir do poder do destruidor a família humana, e restaurá-la à imagem de Deus. Os que aceitam a salvação que lhes é trazida em Cristo, hão de humilhar-se perante Deus como filhinhos Seus. TS3 306 4 Deus quer que Seus filhos peçam as coisas que O habilitem para, por eles, revelar Sua graça ao mundo. Ele quer que busquem Seu conselho, que reconheçam o Seu poder. Cristo tem reivindicações de amor quanto a todos pelos quais deu Sua vida: devem eles obedecer à Sua vontade, se quiserem participar das alegrias que Ele preparou para todos os que refletem Seu caráter aqui. Bem nos convém sentir nossa fraqueza; porque então buscaremos a força e sabedoria que o Pai Se deleita em dar a Seus filhos para sua luta diária contra os poderes do mal. TS3 307 1 Conquanto a educação, preparo e conselho dos que têm experiência sejam todos essenciais, precisam os obreiros ser ensinados a que não devem confiar inteiramente no juízo de qualquer homem. Como livres agentes de Deus, dEle todos devem pedir sabedoria. Se o principiante confia inteiramente nos pensamentos de outro, aceitando os seus planos e não indo além, ele só vê através dos olhos desse homem e é, nesse sentido, apenas o eco de outro. ------------------------Capítulo 78 -- A recompensa do esforço diligente TS3 307 2 "Se a obra que alguém edificou ... permanecer, esse receberá galardão." 1 Coríntios 3:14. Magnífica será a recompensa concedida quando os obreiros fiéis se reunirem em torno do trono de Deus e do Cordeiro. Quando João, em seu estado mortal, contemplou a glória de Deus, caiu como morto: não pôde suportar a visão. Porém quando os filhos de Deus houverem sido revestidos de imortalidade, vê-Lo-ão "como é". 1 João 3:2. Estarão perante o trono, aceitos no Amado. Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas transgressões. Podem, então, olhar o deslumbrante resplendor do trono de Deus. Foram co-participantes dos sofrimentos de Cristo, foram coobreiros Seus no plano da redenção, e com Ele participam da alegria de ver almas salvas no reino de Deus, para ali louvarem a Deus durante toda a eternidade. TS3 307 3 Meu irmão, minha irmã, insisto em que vos prepareis para a vinda de Cristo nas nuvens do céu. Dia a dia tirai do vosso coração o amor do mundo. Sabei por experiência própria o que significa ter comunhão com Cristo. Preparai-vos para o juízo, para que, ao vir Cristo, para Se fazer admirável em todos os que crêem, vós estejais entre os que O encontrarão em paz. Nesse dia os remidos brilharão na glória do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestes, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. TS3 308 1 A ressurreição e ascensão de nosso Senhor é uma prova segura do triunfo final dos santos de Deus sobre a morte e a sepultura, e um penhor de que o Céu está aberto para os que lavaram as vestes do caráter e as branquearam no sangue do Cordeiro. Jesus subiu para o Pai como representante da raça humana, e Deus levará os que refletem a Sua imagem a contemplar a Sua glória e dela participar. TS3 308 2 Há ali casas para os peregrinos da Terra. Há vestes para os justos, com coroas de glória e palmas de vitória. Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com júbilo inexprimível e repleto de glória. TS3 308 3 A dor não pode existir na atmosfera do Céu. No lar dos remidos, não haverá lágrimas, nenhum cortejo fúnebre, nenhuma exteriorização de luto. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade." Isaías 33:24. Uma rica maré de felicidade fluirá e aprofundar-se-á ao avançar a eternidade. TS3 308 4 Estamos ainda entre as sombras e o torvelinho das atividades terrestres. Consideremos com todo o empenho o bendito porvir. Atravesse a nossa fé toda nuvem de escuridão, e contemplemos Aquele que morreu pelos pecados do mundo. Ele abriu os portais do Paraíso para todos quantos O recebem e nEle crêem. A esses dá Ele o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus. Que as aflições que nos angustiam de maneira tão cruel, se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos animados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Alegre-nos o coração essa esperança. "Ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:37. Bem-aventurados os servos que, quando o Senhor vier, achar vigiando! TS3 309 1 Estamos em caminho para casa. Aquele que nos amou de tal maneira que morreu por nós, construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Nenhum véu de infortúnio, nenhuma lamentação de esperanças frustradas e afeições sepultadas serão jamais ouvidas. Logo as vestes de opressão serão trocadas pela veste nupcial. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus. TS3 309 2 Não demorará muito até vermos Aquele em quem se centralizam as nossas esperanças de vida eterna. E em Sua presença, todas as provações e sofrimentos desta vida serão como nada. "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:35-37. Olhai para cima, olhai para cima, e deixai que a vossa fé aumente continuamente. Permiti que essa fé vos guie pelo caminho estreito que, através dos portais da cidade de Deus, conduz ao grande além, ao amplo, ilimitado futuro de glória destinado aos remidos. "Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações, porque já a vinda do Senhor está próxima." Tiago 5:7, 8. ------------------------Capítulo 79 -- Ânimo no Senhor TS3 309 3 Recentemente durante a noite, minha mente foi impressionada pelo Espírito Santo com o pensamento de que se o Senhor logo há de vir, como cremos, deveremos ser mais ativos do que temos sido em anos passados no apresentar a verdade ao povo. TS3 309 4 Nesse sentido, o meu espírito retrocedeu à atividade dos crentes do advento em 1843 e 1844. Nesse tempo havia muita visita de casa em casa, e faziam-se esforços infatigáveis para advertir o povo das coisas de que fala a Palavra de Deus. Deveríamos estar fazendo ainda maiores esforços do que os tão fielmente feitos pelos que proclamaram a primeira mensagem angélica. Estamo-nos rapidamente aproximando do fim da história da Terra; e ao reconhecermos que verdadeiramente Jesus logo virá, erguer-nos-emos para trabalhar como nunca dantes. É-nos mandado fazer soar para o povo um toque de alarme. E em nossa vida devemos mostrar o poder da verdade e da justiça. Deverá o mundo em breve enfrentar o grande Legislador, por causa de Sua lei quebrantada. Apenas os que se desviarem da transgressão para a obediência, podem esperar perdão e paz. TS3 310 1 Devemos desfraldar o estandarte em que está escrito: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." A obediência à lei de Deus é a grande questão. Não seja ela perdida de vista. Devemos estimular os membros da igreja e os que não fazem profissão de fé, a verem os reclamos da lei do Céu e a eles obedecerem. Devemos engrandecer a lei e fazê-la gloriosa. TS3 310 2 Cristo nos comissionou para semear as sementes da verdade, e incutir em nosso povo a importância do trabalho que deve ser feito em prol dos que vivem em meio às cenas finais da história da Terra. Ao serem proclamadas as palavras da verdade nos caminhos e valados, deve haver uma revelação da operação do Espírito de Deus nos corações humanos. TS3 310 3 Oh! quanto bem poderia ser realizado se todos quantos possuem a verdade, a Palavra da vida, trabalhassem para iluminar os que a não têm. Quando, atendendo ao convite da samaritana, os samaritanos foram ter com Cristo, Ele os comparou, para os discípulos, a uma plantação de trigo, em ponto de ceifar. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?", disse Ele. "Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." João 4:35. Cristo ficou com os samaritanos dois dias, pois estavam famintos de ouvir a verdade. E como foram trabalhosos aqueles dias! Como resultado desses dias de trabalho, "muitos mais creram nEle, por causa da Sua palavra". Seu testemunho foi este: "Nós mesmos O temos ouvido, e sabemos que Este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo." João 4:41, 42. TS3 310 4 Quem dentre o professo povo de Deus empreenderá esta sagrada tarefa, e trabalhará em favor das almas que perecem por falta de conhecimento? O mundo precisa ser advertido. Muitos lugares me são indicados como estando necessitados de esforços, consagrados, fiéis e infatigáveis. Cristo está abrindo o coração e a mente de muitos em nossas grandes cidades. Estes precisam das verdades da Palavra de Deus; e se estabelecermos comunhão sagrada com Cristo, e buscarmos entrar em contato com essas pessoas, far-se-ão impressões para bem. Precisamos despertar e entrar em afinidade com Cristo e com os nossos semelhantes. As cidades grandes e pequenas e as localidades próximas e distantes, precisam ser trabalhadas, e isso com sabedoria. Nunca recueis. Se trabalharmos em uníssono com o Espírito de Deus, o Senhor fará as devidas impressões nos corações. TS3 311 1 Tenho para vós palavras de animação, meus irmãos. Devemos avançar com fé e esperança, esperando de Deus grandes coisas. O inimigo buscará de toda maneira impedir os esforços feitos para o avançamento da verdade, mas na força do Senhor podeis alcançar êxito. Não se profiram palavras desanimadoras, mas somente as que se destinam a fortalecer e ajudar os coobreiros. Um assunto pessoal TS3 311 2 Almejo empenhar-me pessoalmente em trabalho ativo no campo, e por certo não me empenharia em mais trabalho público se não cresse que, na minha idade, não é prudente confiar alguém nas suas forças físicas. Tenho um trabalho para fazer na comunicação à igreja e ao mundo da luz que de quando em quando me foi confiada em todos estes anos em que a terceira mensagem angélica tem sido proclamada. Enche-me o coração o desejo mais intenso de apresentar a mensagem a todos quantos possam ser alcançados. Ainda estou fazendo a minha parte na preparação de matéria para publicação. Preciso, porém, agir com muita cautela, para que não caia em situação em que não mais possa escrever. Não sei quanto tempo de vida ainda terei, mas o meu estado de saúde não é tão mau quanto eu poderia esperar que fosse. TS3 311 3 Depois da assembléia geral de 1909, passei algumas semanas assistindo a reuniões campais e a outras reuniões gerais, e visitando várias instituições na Nova Inglaterra, Estados centrais e o centro-oeste. TS3 311 4 Logo que voltei para casa, na Califórnia, reassumi o meu trabalho de preparação de originais para o prelo. Durante os últimos quatro anos, escrevi, comparativamente poucas cartas. Toda a energia de que dispus foi principalmente empregada na terminação do importante trabalho de escrever livros. TS3 311 5 Uma ou outra vez assisti a reuniões, e tenho visitado instituições na Califórnia, mas desde a última assembléia geral, a maior parte do meu tempo foi empregada no preparo de manuscritos em minha casa campestre "Elmshaven", perto de Santa Helena. TS3 311 6 Sou grata a Deus por me haver poupado a vida para trabalhar um pouco mais nos meus livros. Oh! se eu tivesse forças para fazer tudo quanto vejo que precisa ser feito! Oro para que Ele me conceda sabedoria, a fim de que as verdades de que nosso povo tanto necessita possam ser apresentadas de modo claro e aceitável. Sou levada a crer que Deus me permitirá fazer isso. TS3 311 7 Meu interesse na obra em geral é ainda tão intenso quanto antes, e desejo grandemente que a causa da verdade presente avance firmemente em todas as partes do mundo. Considero prudente, porém, não intentar muita atividade pública enquanto o meu trabalho de escrever livros requer a minha atenção. Conto com alguns dos melhores obreiros -- aqueles que, pela providência divina, a mim se associaram na Austrália, bem como outros que me têm auxiliado desde que voltei para os Estados Unidos. Agradeço ao Senhor por esses auxiliares. Estamos todos muito ocupados, fazendo o melhor que nos é possível na preparação de originais para publicação. Quero que a luz da verdade vá a toda parte, para que ilumine os que agora ignoram as razões de nossa fé. Dias há em que os meus olhos me incomodam e doem bastante. Porém louvo o Senhor por me conservar a vista. Não seria de estranhar que, na minha idade, eu não pudesse de todo enxergar. TS3 312 1 Estou mais agradecida do que me é possível dizê-lo em palavras pelo amparo do Espírito do Senhor, pelo conforto e graça que continua a dar-me, e por me conceder Ele as forças para transmitir ânimo e auxílio ao nosso povo, e pela oportunidade de fazê-lo. Enquanto o Senhor me poupar a vida, eu Lhe serei fiel, buscando fazer a Sua vontade e glorificar o Seu nome. Que o Senhor me aumente a fé, para que eu prossiga conhecendo-O e fazendo-Lhe mais perfeitamente a vontade. Bom é o Senhor, e digno de todo o louvor. A influência dos obreiros mais idosos TS3 312 2 Desejo intensamente que os velhos soldados da cruz, que se dedicaram ao serviço do Mestre, continuem dando um testemunho fidelíssimo, a fim de que os mais novos na fé possam compreender que as mensagens que o Senhor nos concedeu no passado, são muito importantes nesta fase da história da Terra. Nossa experiência passada não perdeu nem um til de sua força. TS3 312 3 Sejam todos prudentes em não desanimar os pioneiros, nem levá-los a sentir que pouco poderão fazer. Sua influência pode ainda ser exercida poderosamente na causa do Senhor. O testemunho dos pastores idosos será sempre um auxílio e uma bênção para a igreja. Deus cuidará dos Seus porta-estandartes provados e fiéis, noite e dia, até que chegue a sua hora de despir a armadura. Assegure-se-lhes que estão sob o cuidado protetor dAquele que não tosqueneja nem dorme; que são vigiados por sentinelas incansáveis. Sabendo disso, e reconhecendo que estão em Cristo, poderão contar confiadamente com as providências de Deus. "Até ao fim" TS3 312 4 Oro com fervor para que o trabalho que fazemos agora fique profundamente gravado no coração e mente e alma. Aumentarão as perplexidades; mas como crentes em Deus, animemo-nos uns aos outros. Não abaixemos a norma, mas mantenhamo-la bem elevada, olhando para Aquele que é o autor e consumador da nossa fé. Quando à noite não consigo dormir, elevo o coração a Deus em oração, e Ele me fortalece, e me dá a certeza de que está com os Seus servos ministradores no campo nacional e em terras distantes. Cobro ânimo e sinto-me abençoada ao reconhecer que o Deus de Israel ainda está guiando o Seu povo, e continuará com eles até ao fim. Prosseguir com maior eficiência TS3 313 1 É-me mandado dizer aos nossos irmãos do ministério: Esteja a mensagem que vos sai dos lábios impregnada do Espírito de Deus. Se já houve tempo em que precisássemos da guia especial do Espírito Santo, esse é agora. Necessitamos de consagração completa. Já é bem tempo de havermos dado ao mundo uma demonstração do poder de Deus em nossa própria vida e ministério. TS3 313 2 O Senhor quer ver a obra da proclamação da terceira mensagem angélica prosseguir com crescente eficiência. Assim como Ele agiu em todas as eras para dar vitórias ao Seu povo, também nesta época almeja levar a desfecho triunfante o Seu propósito para Sua igreja. Ordena Ele que Seus santos crentes avancem unidos, indo de força a maior força, de fé a acrescida segurança e confiança na verdade e justiça da Sua causa. TS3 313 3 Devemos manter-nos firmes como uma rocha aos princípios da Palavra de Deus, lembrando-nos de que Deus está conosco para conceder-nos a Sua força para enfrentarmos cada nova experiência. Pautemos sempre a nossa vida pelos princípios da justiça, a fim de que avancemos de força em força no nome do Senhor. Devemos manter sacratíssima a fé que tem sido comprovada pela instrução e aprovação do Espírito de Deus desde o nosso surgimento até ao presente. Devemos ter por muito preciosa a obra que o Senhor tem feito progredir por meio do Seu povo observador dos mandamentos, e que, pelo poder da Sua graça, se tornará mais forte e mais eficiente à medida que o tempo avança. Busca o inimigo nublar o discernimento do povo de Deus, e reduzir-lhe a eficiência, mas se trabalharmos sob a direção do Espírito de Deus, Ele lhes abrirá portas de oportunidade para o trabalho de edificação dos lugares antigamente assolados. Sua experiência será de crescimento constante, até que, com poder e grande glória, o Senhor desça do Céu para aplicar aos Seus fiéis o selo da vitória final. Promessa de vitória final TS3 313 4 O trabalho que está por fazer é tal que porá a prova todas as capacidades do ser humano. Exigirá o uso de forte fé e vigilância constante. Por vezes, as dificuldades que enfrentaremos, serão as mais desanimadoras. A própria grandeza da tarefa nos desacoroçoará. Não obstante, com a ajuda de Deus, Seus servos finalmente triunfarão. "Portanto", irmãos, "vos peço que não desfaleçais" (Efésios 3:13), por motivo das experiências decisivas que estão perante vós. Jesus estará convosco; Ele irá adiante de vós pelo Seu Espírito Santo, preparando o caminho; e será o vosso auxiliador em todas as circunstâncias. TS3 314 1 "Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos Céus e na Terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. TS3 314 2 "Ora, Àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a Esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém." Efésios 3:14-21. -- The General Conference Bulletin, 27 de Maio de 1913, p. 164, 165. TS3 314 3 Fiquei profundamente impressionada por cenas que me foram recentemente apresentadas à noite. Parecia haver um grande movimento -- uma obra de reavivamento -- ocorrendo em muitos lugares. Atendendo ao chamado de Deus, nosso povo se estava arregimentando. Irmãos, o Senhor nos está falando. Escutar-Lhe-emos nós a voz? Não espevitaremos nossas lâmpadas, e não agiremos como homens que esperam a vinda de seu Senhor? Este tempo exige portadores de luz, requer ação. TS3 314 4 "Rogo-vos, pois, ... que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz." Efésios 4:1-3. -- The General Conference Bulletin, 19 de Maio de 1913, p. 4. ------------------------Capítulo 80 -- Palavras finais de confiança TS3 315 1 Não espero viver muito tempo. Meu trabalho está quase terminado. ... Penso que não mais terei testemunhos para o nosso povo. Nossos homens de mente firme sabem o que é bom para o crescimento e progresso da causa. Porém, com o amor de Deus no coração, precisam aprofundar-se mais e mais no estudo das coisas de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Abril de 1915. TS3 315 2 Ao recapitular a nossa história passada, havendo revisado cada passo de progresso até ao nosso nível atual, posso dizer: Louvado seja Deus! Ao ver o que Deus tem realizado, encho-me de admiração e de confiança na liderança de Cristo. Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e Seu ensino em nossa história passada. -- Life Sketches of Ellen G. White, 196 (1915). ------------------------Um Convite à Diferença UCD iii 1 Introdução UCD 9 1 Capítulo 1 -- Começos UCD 14 1 Capítulo 2 -- Jesus como Criança e Jovem UCD 17 1 Capítulo 3 -- O Ministério de Jesus Começa com uma Festa UCD 20 1 Capítulo 4 -- Podes Voltar para Casa a Qualquer Momento UCD 24 1 Capítulo 5 -- Quando Fazer Tudo Certo Não Chega UCD 29 1 Capítulo 6 -- A Resposta Está no Terreno UCD 36 1 Capítulo 7 -- Como Orar UCD 39 1 Capítulo 8 -- Como Ter Fé UCD 41 1 Capítulo 9 -- Preparando-se Para Morrer UCD 45 1 Capítulo 10 -- Cruel Crucificação UCD 51 1 Capítulo 11 -- Grandiosa Ressurreição UCD 58 1 Capítulo 12 -- Como Lidar Com Dúvidas e Confusão UCD 63 1 Capítulo 13 -- Relacionamentos UCD 72 1 Capítulo 14 -- Saúde UCD 81 1 Capítulo 15 -- Justiça Social UCD 87 1 Capítulo 16 -- Carreiras UCD 93 1 Capítulo 17 -- Autoridade das Escrituras ------------------------Introdução UCD iii 1 Um convite à diferença é uma estreia. É o primeiro livro de Ellen White preparado pelo White Estate especialmente para os jovens do século vinte e um. É também o primeiro livro em que uma variedade de conselhos inspirados foram reunidos a partir de várias fontes de Ellen White anteriormente publicadas e com linguagem adaptada aos jovens de hoje. UCD iii 2 Um convite à diferença! disponibiliza, a partir de escritos seleccionados de Ellen White, as ideias centrais que tocam problemas importantes encarados pelos jovens e pelos adultos de hoje. Para ajudar a comunicar, com êxito, com a potencialmente vasta audiência de jovens leitores, as frases e parágrafos foram condensados e a linguagem foi actualizada. Mas foram feitos todos os esforços para permanecer fiéis ao conteúdo, ideias e princípios apresentados por Ellen White. Em caso algum foi alterado o pensamento do original. UCD iii 3 Os seis capítulos do livro foram escolhidos para tocar problemas encarados por jovens contemporâneos no contexto do século vinte e um. Cada capítulo é introduzido pelo testemunho de um Jovem que encontrou nos livros de Ellen White a inspiração que ele ou ela gostaria de partilhar com outros. UCD iii 4 Acreditamos que os princípios escritos há mais de 100 anos por inspiração divina são mais importantes do que nunca. É nossa esperança que milhares de leitores achem Um Convite à Diferença tão motivador, interessante e inspirador que continuem a explorar as profundas riquezas espirituais encontradas nos escritos normais de Ellen White. Que cada leitor possa aceitar o Convite. Os depositários das Publicações Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Começos O Encontro de Um Jovem Com Ellen White... acerca da Salvação UCD 9 1 Ellen White torna simples e pessoais os temas da salvação e do amor de Cristo, que morreu por mim. Quando abro O Desejado de Todas as Nações Ele está ali mesmo. Ele é muito real, muito capaz de salvar. UCD 9 2 Quando leio o que Ellen White diz acerca do tema da salvação, é diferente de qualquer outro autor. O que ela escreve tem que ver comigo pessoalmente. É da minha vida que ela fala - dos meus sentimentos e experiências. Reconheço-os. Esta é uma salvação prática, que eu posso tocar, porque trata de Jesus. Sei que ela conheceu Jesus pessoalmente. Qualquer coisa que outro escritor conheça, não se pode comparar a isto. UCD 9 3 Outros escritores podem ter coisas importantes a dizer, podem tentar partilhar as ideias certas, mas nas páginas do Desejado de Todas as Nações Ellen White tenta partilhar a salvação em Jesus. E o melhor é que ela me faz desejar essa salvação! Desejo-a de todo o meu coração. UCD 9 4 Nos seus escritos, ela fala da salvação num mundo real -- o meu mundo Não são só ideias. Não é um monte de retórica. O aspecto intelectual tem o seu lugar, mas quando me levanto pela manhã para enfrentar o meu dia espiritualmente, o que quero tem de ser claro, vivido e pessoal. Encontro isso nos seus escritos. A minha força para me salvar a mim mesmo é como "cordas de areia," como ela diz. Sei que ela tem razão, porque já senti essas cordas desfazerem-se nas minhas mãos. Posso tocar o que ela descreve, porque é uma teologia de carne e sangue. Fala de Jesus! Ellen White pinta um quadro de Cristo como sendo alguém real, que pode salvar-me de mim mesmo. UCD 9 5 Acima de tudo, sei que ela escreveu porque queria que eu me salvasse e não porque queria que eu aceitasse as suas ideias. E eu quero ser salva, de todo o meu coração. Quero conhecer Cristo e o poder da Sua ressurreição e o companheirismo de partilhar os Seus sofrimentos, tornando-me semelhante a Ele na Sua morte, e assim, de algum modo, chegar à ressurreição dos mortos. Laura, 24 anos O Encontro de Um Jovem Com Ellen White ... acerca da Salvação UCD 10 1 "Cristo, o Negociante celestial que procura boas pérolas, viu na humanidade perdida a pérola de grande preço. Viu as possibilidades de redenção no homem pervertido e arruinado pelo pecado."1 UCD 10 2 Em criança, sempre apreciei as pérolas. Adorava a sua forma arredondada e o seu suave brilho esbranquiçado. UCD 10 3 Achava que elas eram mais bonitas do que qualquer diamante ou rubi poderiam alguma vez ser. Por isso não me surpreendeu que Ellen White comparasse o nosso amado Salvador à minha jóia preferida. O que eu não esperava era que ela escrevesse que Cristo viu na humanidade perdida "a pérola de preço." Como é que Ele podia encontrar algo tão belo em mim? Mas quando continuei a ler as suas eloquentes ilustrações compreendi que, para mim, é a verdadeira essência da salvação. Cristo não me procura porque eu estou perdida. Não deseja salvar-me porque se sente forçado a isso. Ele dá-me a salvação porque me ama. UCD 10 4 A sra White escreveu acertadamente acerca de Cristo, o nosso Negociante celestial. Ler o que ela escreve faz-me sentir diariamente alegria pela humanidade, porque Ele encontra as pérolas preciosas que procura, na nossa velha, arruinada Terra - porque Ele vê a pérola em mim. Alexandra, 22 anos Começos UCD 10 5 QUANTO A JESUS CRISTO, A SUA ORIGEM FOI ASSIM: MARIA, SUA MÃE, TINHA O CASAMENTO TRATADO COM JOSÉ; MAS, ANTES DE SE CASAREM, ACHOU-SE GRÁVIDA PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO. JOSÉ, SEU NOIVO, HOMEM JUSTO, NÃO A QUERIA ACUSAR PUBLICAMENTE. POR ISSO PENSOU DEIXÁ-LA SEM DIZER NADA. ANDAVA ELE A PENSAR NISTO, QUANDO LHE APARECEU NUM SONHO UM ANJO DE DEUS E LHE DISSE: "JOSÉ, DESCENDENTE DE DAVID, NÃO TENHAS MEDO DE CASAR COM MARIA, POIS O QUE NELA SE GEROU FOI PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO. ELA VAI DAR À LUZ UM FILHO, E TU VAIS PÔR-LHE O NOME DE JESUS (SALVADOR), POIS ELE SALVARÁ O SEU POVO DOS PECADOS." UCD 10 6 TUDO ISTO ACONTECEU PARA SE CUMPRIR O QUE O SENHOR TINHA DITO PELO PROFETA: "A VIRGEM FICARÁ GRÁVIDA E DARÁ À LUZ UM FILHO QUE SE HÁ-DE CHAMAR EMANUEL." EMANUEL QUER DIZER: 'DEUS ESTÁ CONNOSCO'. QUANDO JOSÉ ACORDOU, FEZ COMO O ANJO LHE TINHA MANDADO: RECEBEU MARIA POR ESPOSA E, SEM TER RELAÇÕES CONJUGAIS COM ELA, MARIA DEU À LUZ o MENINO, A QUEM JOSÉ PÔS O NOME DE JESUS. (MATEUS 1:18-25). UCD 11 1 NAQUELA REGIÃO HAVIA PASTORES QUE PASSAVAM A NOITE NO CAMPO, GUARDANDO OS REBANHOS. APARECEU-LHES UM ANJO, E A LUZ GLORIOSA DO SENHOR ENVOLVEU-OS. FICARAM MUITO ASSUSTADOS, MAS O ANJO DISSE-LHES: "NÃO TENHAM MEDO! VENHO AQUI TRAZER-VOS UMA BOA NOVA, QUE SERÁ MOTIVO DE GRANDE ALEGRIA PARA VOCÊS E PARA TODO O POVO. POIS NASCEU HOJE, NA CIDADE DE DAVID, O VOSSO SALVADOR, QUE É CRISTO, O SENHOR! PODERÃO RECONHECÊ-LO ASSIM: ENCONTRARÃO O MENINO ENVOLVIDO EM PANOS E DEITADO NUMA MANJEDOURA." NlSTO, JUNTARAM-SE AO ANJO MUITOS OUTROS, E LOUVAVAM A DEUS, CANTANDO: 'GLÓRIA A DEUS NO MAIS ALTO DOS CÉUS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS A QUEM ELE QUER BEM!' MAL OS ANJOS PARTIRAM PARA O CÉU, OS PASTORES DISSERAM UNS PARA OS OUTROS: "VAMOS A BELÉM PARA VERMOS O QUE O SENHOR NOS DEU A CONHECER." FORAM A TODA A PRESSA E LÁ ENCONTRARAM MARIA E JOSÉ, E O MENINO, QUE ESTAVA DEITADO NA MANJEDOURA. DEPOIS DE VEREM, PUSERAM-SE A CONTAR A TODA A GENTE O QUE LHES TINHA SIDO DITO A RESPEITO DAQUELE MENINO. TODOS OS QUE OUVIRAM O QUE OS PASTORES DIZIAM, FICAVAM MUITO ADMIRADOS. PORÉM MARIA RECORDAVA TODAS ESTAS COISAS E MEDITAVA NELAS ATENTAMENTE. OS PASTORES FORAM-SE EMBORA, E PELO CAMINHO CANTAVAM LOUVORES A DEUS, POR TUDO O QUE TINHAM OUVIDO E VISTO, EXACTAMENTE COMO LHES FORA ANUNCIADO. (LUCAS 2:8-20). UCD 11 2 A promessa de que Jesus viria como nosso Salvador tinha sido feita no Jardim do Éden. Quando Adão e Eva a ouviram pela primeira vez, esperavam uma rápida concretização. Assim, quando pegaram no seu primeiro filho, ambos esperavam que ele viesse a ser o Redentor. Mas não seria assim. Milhares de anos mais tarde, no momento escolhido por Deus, Jesus deixou o Céu e nasceu em Belém.2 UCD 11 3 Ao tornar-se humano, Jesus demonstrou a mais profunda humildade. Na terra, o ambiente físico que O rodeava era primitivo. Ele ocultou a Sua glória daqueles que O viam e evitou todas as manifestações exteriores. Os anjos ficaram maravilhados com esse plano de redenção e estavam atentos para ver como é que o povo de Deus receberia o Seu Filho.3 UCD 11 4 O decreto Romano para toda a gente no vasto império se alistar, chegou também às humildes pessoas que viviam nas colinas da Galiléia. Anjos protegiam José e Maria ao fazerem a viagem do seu lar em Nazaré para sul, até Belém. Quando os dois chegaram a Belém, cansados e sem abrigo, caminharam pela rua principal, desde a porta da cidade até ao extremo mais oriental da cidade, à procura de um lugar para passar a noite. Mas não havia lugar para eles em parte alguma! Finalmente, num rude abrigo de animais, encontraram um lugar para descansar, e Maria deu à luz o seu filho, o Redentor do mundo.4 UCD 12 1 Por cima das colinas de Belém uma imensa multidão de anjos tinha-se reunido para este momento, e quando Ele nasceu começaram a cantar anunciando ao mundo essa grande notícia. Infelizmente, os líderes religiosos em Israel, ignorando o seu destino, não tomaram parte na celebração.5 UCD 12 2 Nos mesmos campos em que David no passado tinha cuidado dos rebanhos do seu pai, pastores guardavam as suas ovelhas durante a noite. Tinham estado a falar do prometido Salvador e tinham orado pela Sua vinda. Então, de repente, um anjo disse-lhes: "Não tenham medo! Venho aqui trazer-vos uma boa nova, que será motivo de grande alegria para vocês e para todo o povo. Pois nasceu hoje, na cidade de David, o vosso Salvador, que é Cristo, o Senhor!" (Lucas 2:10, 11). Toda a região estava iluminada pelo resplendor dos anjos.6 UCD 12 3 Quando os anjos desapareceram, a luz desvaneceu-se, e a obscuridade voltou às colinas ao redor de Belém. Mas o quadro mais resplandecente jamais visto por olhos humanos permaneceu na memória dos pastores. Quando recuperaram do seu espanto, disseram: "Vamos a Belém para vermos o que o Senhor nos deu a conhecer. Foram a toda a pressa e lá encontraram Maria e José, e o menino, que estava deitado na manjedoura" (Lucas 2:15, 16).7 UCD 12 4 Hoje, o Céu e a Terra não estão mais afastados um do outro do que quando os pastores ouviram o cântico dos anjos. E cada um de nós hoje, tal como os pastores de então, é o objecto do mais intenso amor e interesse de Deus.8 UCD 12 5 A história de Belém é um tema fantástico. Deveríamos ficar maravilhados por Jesus ter trocado o Céu e a adoração dos anjos por uma manjedoura e pela companhia de ovelhas e cabras. Mas isso era apenas o começo das provas do Seu grande amor. Teria sido uma profunda humilhação para Jesus tomar a natureza de Adão, mesmo quando ainda inocente no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça estava debilitada por 4000 anos de pecado. Como qualquer outro bebé humano, Ele aceitou os resultados das leis da hereditariedade, de maneira a ser capaz de partilhar e compreender os nossos desapontamentos e tentações, e de dar-nos o exemplo do que significa viver uma vida perfeita.9 ------------------------Capítulo 2 -- Jesus como Criança e Jovem UCD 14 1 O MENINO CRESCIA E TORNAVA-SE MAIS FORTE E CHEIO DE SABEDORIA. E A GRAÇA DE DEUS ESTAVA COM ELE. TODOS OS ANOS OS PAIS DE JESUS IAM A JERUSALÉM À FESTA DA PÁSCOA. QUANDO O MENINO TINHA DOZE ANOS, FORAM LÁ COMO DE COSTUME. PASSADOS OS DIAS DA FESTA, JOSÉ E MARIA VOLTARAM PARA CASA, MAS JESUS FICOU EM JERUSALÉM, SEM OS PAIS DAREM POR ISSO. JULGAVAM QUE ELE IA COM ALGUM GRUPO PELO CAMINHO. AO FIM DE UM DIA DE VIAGEM, COMEÇARAM A PROCURÁ-LO ENTRE OS PARENTES E AMIGOS, MAS NÃO O ENCONTRARAM. VOLTARAM POR ISSO A JERUSALÉM, À SUA PROCURA. AO FIM DE TRÊS DIAS DESCOBRIRAM-NO DENTRO DO TEMPLO, SENTADO ENTRE OS DOUTORES. ESCUTAVA O QUE ELES DIZIAM E FAZIA-LHES PERGUNTAS. TODOS OS QUE O OUVIAM FICAVAM MARAVILHADOS COM A SUA INTELIGÊNCIA E AS SUAS RESPOSTAS. QUANDO OS PAIS O VIRAM, FICARAM MUITO IMPRESSIONADOS E A MÃE DISSE-LHE: 'FILHO, PORQUE NOS FIZESTE ISSO? O TEU PAI E EU TEMOS ANDADO AFLITOS À TUA PROCURA.' JESUS RESPONDEU- LHES: 'PORQUE É QUE ME PROCURAVAM? NÃO SABIAM QUE EU TENHO DE ESTAR NA CASA DE MEU PAI?' MAS ELES NÃO COMPREENDERAM O QUE LHES DISSE. JESUS VOLTOU ENTÃO COM ELES PARA NAZARÉ, E CONTINUOU A SER- LHES OBEDIENTE. A SUA MÃE GUARDAVA TODAS ESTAS COISAS NO CORAÇÃO. JESUS CRESCIA EM SABEDORIA E IDADE, AGRADANDO A DEUS E AOS HOMENS. (LUCAS 2:40-52). UCD 14 2 Desde bem pequeninas, as crianças judias eram rodeadas por rabis e pelas suas rígidas regras para tudo até ao mais pequeno pormenor. Mas Jesus não revelou qualquer interesse nesses métodos. Desde a infância Ele agiu de forma independente em relação a essas restrições. Estudava constantemente o Velho Testamento e gradualmente tomou consciência da condição espiritual do povo na Sua aldeia. Ele observava que os padrões da sociedade e os padrões de Deus estavam em constante conflito. As pessoas esqueciam as palavras de Deus e observavam as suas próprias tradições que não tinham valor.10 UCD 15 1 De forma simpática, Jesus tentava agradar àqueles que O rodeavam. Os escribas interpretaram mal essa gentileza e convenceram-se de que Ele seria facilmente influenciado pelos seus ensinos. Mas quando o interrogaram, Ele pediu-lhes que justificassem a sua autoridade com a Bíblia. Parecia conhecer as Escrituras do princípio ao fim. Os rabis sentiam vergonha de serem ensinados por uma criança e indignavam-se com a Sua oposição. Rapidamente perceberam que a compreensão espiritual de Jesus ia muito além da sua.11 UCD 15 2 Ainda muito jovem, Jesus começou a agir por Si mesmo na formação do carácter, e nem mesmo o respeito e amor pelos Seus pais podiam desviá-l'O da obediência a Deus. As palavras da Escritura tornaram-se a razão de ser de tudo o que fizesse que fosse diferente dos hábitos da família. Os Seus irmãos, filhos de José, estavam ao lado dos rabis, insistindo que as tradições tinham que ser seguidas tal como as leis de Deus. Eles chamavam "teimosia" à estrita obediência de Jesus às leis de Deus. Ficavam espantados com o Seu conhecimento e sabedoria ao responder aos rabis e reconheciam que a Sua educação tinha de vir de uma fonte mais alta do que a deles.12 UCD 15 3 Havia alguns que queriam ser amigos de Jesus, porque se sentiam em paz ao Seu lado; mas muitos dos outros rapazes da Sua idade evitavam-n'O, porque se sentiam condenados por uma vida tão pura. Ele era brilhante e alegre; os Seus amigos apreciavam a Sua companhia e acolhiam bem as Suas sugestões. Mas eram impacientes com os Seus escrúpulos e chamavam-Lhe acanhado e puritano.13 UCD 15 4 As decisões de Jesus eram um contínuo mistério para os Seus pais, desde o dia em que O encontraram no templo aos 12 anos. Por exemplo, as Suas horas mais felizes eram passadas sozinho com a Natureza e com Deus. Muito cedo de manhã ele ia para um lugar tranquilo para meditar, ler a Bíblia e orar. Depois voltava para casa para realizar as tarefas familiares. Gostava de ajudar pessoas em sofrimento, e mesmo animais em sofrimento.14 UCD 15 5 Jesus dava valor a cada pessoa. Desviava-Se do Seu caminho para pronunciar palavras amáveis de ânimo às pessoas doentes, oprimidas e desanimadas. Chegava a dar o Seu próprio almoço a pessoas famintas. Tentava levar a todos, incluindo os rudes e pouco promissores, a esperança de vitória espiritual e a certeza de ser parte da família de Deus. Jesus nunca lutava pelos Seus próprios direitos, mesmo sendo muitas vezes vexado e tratado com injustiça.15 UCD 16 1 Por vezes, a Sua mãe Maria vacilava entre Jesus e os Seus irmãos, que não acreditavam que Ele tivesse sido enviado por Deus. Mas dificilmente podiam negar o Seu carácter divino ou o facto de que a Sua presença produzia uma atmosfera pura em casa.16 ------------------------Capítulo 3 -- O Ministério de Jesus Começa com uma Festa UCD 17 1 No TERCEIRO DIA HOUVE UM CASAMENTO EM CANÁ DA GALILEIA. A MÃE DE JESUS ESTAVA LÁ. JESUS E OS SEUS DISCÍPULOS TAMBÉM FORAM CONVIDADOS. A CERTA ALTURA DA BODA FALTOU O VINHO. ENTÃO A MÃE DE JESUS DISSE-LHE: "JÁ NÃO TEM VINHO!" JESUS RESPONDEU: "E QUE TEMOS NÓS A VER COM ISSO, MULHER? A MINHA HORA AINDA NÃO CHEGOU." ELA ENTÃO DISSE AOS CRIADOS DE MESA: "FAÇAM TUDO O QUE ELE VOS DISSER." HAVIA ALI SEIS VASILHAS DE PEDRA DAS QUE OS JUDEUS UTILIZAVAM PARA AS SUAS CERIMÓNIAS DE PURIFICAÇÃO. CADA UMA LEVAVA UNS CEM LITROS DE ÁGUA. JESUS DISSE AOS CRIADOS: "ENCHAM DE ÁGUA ESSAS VASILHAS." ELES ENCHERAM-NAS ATÉ ACIMA. DEPOIS DISSE-LHES: "TIREM UM POUCO E LEVEM AO CHEFE DE MESA PARA ELE PROVAR." ELES ASSIM FIZERAM. O CHEFE DE MESA PROVOU A ÁGUA TRANSFORMADA EM VINHO. NÃO SABIA O QUE TINHA ACONTECIDO, POIS SÓ OS CRIADOS É QUE ESTAVAM AO CORRENTE DO FACTO. MANDOU ENTÃO CHAMAR O NOIVO E DISSE-LHE: "É COSTUME NAS BODAS SERVIR PRIMEIRO O VINHO MELHOR, E SÓ DEPOIS DE OS CONVIDADOS TEREM BEBIDO BEM É QUE SE SERVE O PIOR. MAS TU GUARDASTE O MELHOR ATÉ AGORA!" DESTE MODO, EM CANÁ DA GALILEIA, JESUS REALIZOU O SEU PRIMEIRO MILAGRE. ASSIM MOSTROU O SEU PODER DIVINO E OS DISCÍPULOS ACREDITARAM NELE." (JOÃO 2:1-11). UCD 17 2 Com cerca de 30 anos, Jesus começou o Seu ministério público, mas não no centro religioso de Jerusalém. Começou numa festa de casamento numa pequena aldeia da Galileia. Desde o princípio Jesus mostrou que queria que as pessoas fossem felizes. Em Caná, uma aldeia perto de Nazaré, alguns parentes de José e de Maria convidaram-nos para a festa. Jesus, que tinha estado fora de casa durante algumas semanas, juntou-Se a eles acompanhado pelos Seus discípulos acabados de escolher.17 UCD 17 3 Uma calma expectativa e entusiasmo enchiam o ar, à medida que pequenos grupos de convidados falavam de Jesus. Maria tinha orgulho no seu Filho. Enquanto tinham estado se parados, ela ouvira falar do Seu baptismo no Rio Jordão por João Baptista, e isso trouxe-lhe à mente muitas recordações. Desde o dia em que ela tinha ouvido, na sua casa em Nazaré, o anúncio, feito pelo anjo, do nascimento de Jesus, ela guardara como um tesouro cada prova de que Jesus era o Messias. A Sua vida, continuamente altruísta, convenceu-a de que Ele não podia ser mais ninguém. Mas também passou por dúvidas e desapontamentos e ansiava pelo momento em que Ele finalmente revelasse a Sua divindade. Nessa altura, a morte tinha separado Maria de José, que tinha partilhado do conhecimento do mistério do nascimento de Jesus. Por isso, ela não tinha com quem desabafar. As semanas anteriores tinham sido especialmente difíceis.18 UCD 18 1 Na festa de casamento ela viu o mesmo Filho gentil que tinha criado. Mas apercebeu-se de que Ele tinha mudado. Ela viu os sinais das cruéis tentações no deserto e uma nova sensação de poder e dignidade quando Ele andava e falava. Era acompanhado por um grupo de homens. Os seus olhos seguiam-n'O constantemente, com reverência, e chamavam-Lhe "Mestre." Esses homens contaram a Maria o que tinham visto e ouvido no Seu baptismo e noutros lugares. Concluíram com o que Filipe disse a Natanael: "Encontrámos Aquele acerca de quem Moisés escreveu na Lei, e acerca de quem os profetas também escreveram - Jesus de Nazaré, o filho de José" (João 1:45).19 UCD 18 2 Quando Maria viu que os convidados olhavam muito na direcção de Jesus, desejou que Ele provasse o Seu Messianismo. Ela esperava e orava para que Ele fizesse um milagre. Nessa época as festas de casamento prolongavam-se por vários dias, e neste casamento o vinho esgotou-se antes da festa acabar. Como familiar dos noivos, Maria estava entre aqueles que tinham trazido comida, por isso ela comentou claramente para Jesus: "Não têm vinho!" Era uma sugestão inequívoca para que Ele fizesse algo de dramático.20 UCD 18 3 A resposta de Jesus, "A minha hora ainda não chegou", indicava que nenhuns laços terrestres determinariam a Sua conduta. Embora Maria não entendesse plenamente a missão do seu Filho, confiava n'Ele implicitamente. E Jesus respondeu a essa fé. Também agiu para fortalecer a fé dos Seus discípulos ao realizar o Seu primeiro milagre.21 UCD 19 1 Ao lado da porta de entrada estavam seis grandes vasilhas de pedra para água. Jesus ordenou aos criados que os enchessem com água. E porque os convidados precisavam de ser servidos imediatamente, disse-lhes que levassem um pouco do conteúdo à pessoa encarregada da festa. Quando eles o fizeram, em vez da água com que eles tinham enchido as vasilhas, tiraram vinho! Ninguém sabia que a provisão inicial de vinho se tinha esgotado, mas quando o mestre de cerimónias provou o que os criados lhe traziam, reconheceu que era muito superior a tudo o que tinha bebido até então no casamento. Voltando-se para o noivo, disse: "É costume nas bodas servir primeiro o vinho melhor, e só depois de os convidados terem bebido bem é que se serve o pior. Mas tu guardaste o melhor até agora!" (João 2:10).22 UCD 19 2 O "vinho" da festa que tu e eu fazemos acaba por azedar. Mas os dons de Jesus são sempre frescos. O que Ele nos proporciona satisfaz sempre e dá-nos felicidade. Cada novo dom que recebemos aumenta a nossa capacidade para receber mais d'Ele. Ele dá graça e mais graça e, ao contrário do vinho de Caná, a Sua provisão de bênçãos nunca acaba nem se esgota. Na realidade, o dom de Jesus para a festa de casamento é um símbolo maravilhoso. A água nas vasilhas representa o Seu "baptismo na morte", e o vinho representa o Seu sangue derramado em nosso favor, para nos limpar do pecado. Nesta primeira festa com os Seus discípulos, Jesus deu-lhes uma taça de vinho para simbolizar a Sua obra de salvação em seu favor. E, na Última Ceia, Ele deu-lha de novo e convidou-os a bebê-la desse modo simbólico até ao Seu regresso.23 ------------------------Capítulo 4 -- Podes Voltar para Casa a Qualquer Momento UCD 20 1 JESUS DISSE TAMBÉM: "UM CERTO HOMEM TINHA DOIS FILHOS. O MAIS NOVO PEDIU AO PAI: 'PAI, DÁ-ME A PARTE DA HERANÇA QUE ME PERTENCE.' E O PAI REPARTIU OS BENS PELOS DOIS FILHOS. POUCOS DIAS DEPOIS, O MAIS NOVO VENDEU O QUE ERA DELE E PARTIU PARA UMA TERRA MUITO DISTANTE, ONDE GASTOU TODO O DINHEIRO NUMA VIDA DESREGRADA. QUANDO JÁ NÃO TINHA DINHEIRO, E COMO HOUVE MUITA FOME NAQUELA REGIÃO, COMEÇOU A TER NECESSIDADE. FOI PEDIR TRABALHO A UM HOMEM DA REGIÃO E ELE MANDOU-O PARA OS SEUS CAMPOS GUARDAR PORCOS. DESEJAVA ENCHER O ESTÔMAGO MESMO COM AS BOLOTAS QUE OS PORCOS COMIAM, MAS NINGUÉM LHAS DAVA. Foi ENTÃO QUE ELE CAIU EM SI E PENSOU: 'TANTOS TRABALHADORES DO MEU PAI TÊM QUANTA COMIDA QUEREM, E EU ESTOU PARA AQUI A MORRER DE FOME! VOU MAS É TER COM O MEU PAI E DIGO-LHE: PAI, PEQUEI CONTRA DEUS E CONTRA Tl. JÁ NEM MEREÇO SER TEU FILHO, MAS ACEITA-ME COMO UM DOS TEUS TRABALHADORES.' LEVANTOU-SE E VOLTOU PARA O PAI. MAS AINDA ELE VINHA LONGE DE CASA E JÁ O PAI O TINHA VISTO. CHEIO DE TERNURA, CORREU PARA ELE, APERTOU-O NOS BRAÇOS E COBRIU-O DE BEIJOS. O FILHO DISSE- LHE ENTÃO: 'PAI, PEQUEI CONTRA DEUS E CONTRA Tl. JÁ NEM MEREÇO SER TEU FILHO.' MAS O PAI DISSE LOGO AOS EMPREGADOS: 'TRAGAM DEPRESSA o MELHOR FATO E VISTAM-LHO. PONHAM-LHE TAMBÉM UM ANEL NO DEDO E CALCEM-LHE SANDÁLIAS. TRAGAM O BEZERRO MAIS GORDO E MATEM-NO. VAMOS FAZER UM BANQUETE, PORQUE ESTE MEU FILHO ESTAVA MORTO E VOLTOU A VIVER, ESTAVA PERDIDO E APARECEU.' E COMEÇARAM COM A FESTA. ORA, O FILHO MAIS VELHO ESTAVA NO CAMPO. AO REGRESSAR, QUANDO SE APROXIMAVA DE CASA, OUVIU A MÚSICA E AS DANÇAS. CHAMOU UM DOS EMPREGADOS E PERGUNTOU-LHE O QUE ERA AQUILO. E O EMPREGADO DISSE-LHE: 'FOI O TEU IRMÃO QUE VOLTOU E O TEU PAI MATOU O BEZERRO MAIS GORDO POR ELE TER CHEGADO SÃO E SALVO.' AO OUVIR ISTO, FICOU ZANGADO E NEM QUERIA ENTRAR. O PAI SAIU PARA O CONVENCER. MAS ELE RESPONDEU: 'SIRVO-TE HÁ TANTOS ANOS, SEM NUNCA TER DESOBEDECIDO ÀS TUAS ORDENS, E NÃO ME DESTE SEQUER UM CABRITO PARA FAZER UMA FESTA COM OS MEUS AMIGOS. VEM AGORA ESTE TEU FILHO, QUE DESPERDIÇOU O TEU DINHEIRO COM MULHERES DE MÁ VIDA, E MATASTE LOGO O BEZERRO MAIS GORDO.' O PAI DISSE-LHE: 'MEU FILHO, TU ESTÁS SEMPRE COMIGO E TUDO O QUE EU TENHO É TEU, MAS ERA PRECISO FAZERMOS UMA FESTA E ALEGRARMO-NOS, PORQUE ESTE TEU IRMÃO estava morto e voltou a viver, estava perdido e apareceu.'" (Lucas 15:11 -32). UCD 21 1 Esta é a história de um jovem farto das restrições de viver em casa.24 UCD 21 2 As coisas chegaram ao ponto de ele decidir que tinha de se ir embora. O seu pai rico e amoroso deu ao rapaz a sua herança, e ele partiu para um lugar onde pensava que teria liberdade para fazer tudo o que quisesse. Tinha o dinheiro para satisfazer todos os desejos. Porque o dinheiro atrai companhia, em breve ele tinha um grupo de amigos para o ajudarem a gastar os seus bens numa vida de alta sociedade. UCD 21 3 Mas as esperanças e sonhos que ele tinha acalentado como miúdo em casa foram esquecidos, juntamente com a estabilidade e a segurança da sua educação espiritual. Desbaratada a sua herança, procurou um trabalho e mandaram-no cuidar de porcos. Para um judeu, não havia nada pior. Os ouvintes judeus de Jesus compreenderam a profunda degradação e humilhação que Ele estava a descrever. O rapaz, decidido a encontrar a liberdade, encontrou-se a si mesmo, afinal, numa verdadeira escravatura. Sem amigos, faminto e magoado, foi forçado a comer o alimento dos porcos para sobreviver.25 UCD 21 4 Nesta narrativa vemos uma descrição espantosa do desespero de uma vida divorciada de Deus. Pode demorar tempo para percebermos quão miseráveis somos quando nos separamos a nós mesmos do amor do Pai celestial, mas esse dia virá. Durante todo esse tempo, Deus procura desesperadamente maneiras de nos levar a voltar a casa. UCD 21 5 Finalmente, o jovem caiu em si, percebendo que os trabalhadores na casa do seu pai estavam melhor do que ele. Na sua miséria, o rapaz lembrou-se do amor do pai. E as recordações desse amor começaram a atraí-lo para casa. UCD 21 6 Por fim, tomou a decisão de voltar atrás e de confessar os seus erros. Decide dizer ao seu pai: 'Pequei contra o céu e contra ti; não sou digno de ser chamado teu filho, mas deixa-me ser como um dos teus trabalhadores.' Debilitado pela fome numa terra de fome, vestido apenas com farrapos, deixou finalmente os chiqueiros dos porcos e pôs-se a caminho para o lugar onde tinha vivido em criança.26 UCD 22 1 O filho ausente não fazia a menor ideia da amargura que tinha esmagado o seu pai quando ele partiu. Nem sequer imaginava a sombra que cobria toda a casa quando se ouvia falar das suas loucas festanças. E ninguém o poderia ter convencido de que todos os dias o seu pai se sentava, vigiando, à espera do regresso do seu filho. Mas agora, com passos cansados e dolorosos, voltava ansiosamente para casa, para suplicar um lugar de servo. UCD 22 2 Quando ainda estava bastante longe de casa, o pai reconheceu o seu filho e correu ao seu encontro, abraçando-o longa e ternamente. Para evitar que vissem o seu filho naquela condição miserável, o pai tirou o seu próprio lindo casaco e colocou-o sobre os ombros do rapaz.27 UCD 22 3 Subjugado por uma recepção tão carinhosa, o rapaz começou a pronunciar o seu discurso de arrependimento, entre soluços. Mas o pai não quis ouvir. Não havia lugar na sua casa para um filho-servo; o seu rapaz devia ter o melhor que a casa pudesse proporcionar. O pai disse aos criados que trouxessem as melhores roupas e um anel para a sua mão, que procurassem bons sapatos para os seus pés e que preparassem uma festa para que todos pudessem celebrar. E haveria um motivo para essa celebração: "O filho morto está vivo, o filho perdido foi encontrado." UCD 22 4 Quão profundamente diferente era a percepção que o rapaz tinha agora do pai! Sempre tinha pensado nele como sendo bastante austero e severo. Mas já não era assim. Na sua grande necessidade, ele viu o verdadeiro carácter do seu pai. E é disso que trata esta história. Na nossa rebelião, muitas vezes pensamos que Deus é severo e duro, exigente naquilo que nos pede. Mas quando estamos longe há muito tempo e sentimos fome espiritual, vestidos com farrapos de pecado e culpa, então vemos quão plenamente amoroso e acolhedor o nosso Pai celestial é. Quando damos mesmo um só passo, arrependidos, em direcção ao nosso Pai, Ele correrá para nos envolver nos Seus braços de amor. Ele perdoará os nossos pecados e nunca mais Se lembrará deles. (Jeremias 31:34).28 UCD 23 1 Não esperes ou tentes limpar-te a ti mesmo de maneira a seres suficientemente bom para ires a Jesus. Se esperarmos para ser suficientemente bons, nunca iremos. Jesus está à tua espera, chama-te, desejando que atendas. Todo o Céu festejará quando voltares a casa.29 ------------------------Capítulo 5 -- Quando Fazer Tudo Certo Não Chega UCD 24 1 UM JOVEM APROXIMOU-SE DE JESUS E DISSE-LHE: "MESTRE, QUE HEI- DE EU FAZER DE BOM PARA POSSUIR A VIDA ETERNA?" JESUS RESPONDEU: "PORQUE É QUE ME FAZES PERGUNTAS ACERCA DO QUE É BOM? SÓ DEUS É BOM! SE QUERES ENTRAR NA VIDA ETERNA, CUMPRE OS MANDAMENTOS." E ELE PERGUNTOU: "QUAIS MANDAMENTOS?" JESUS RESPONDEU: "NÃO MATES NINGUÉM, NÃO COMETAS ADULTÉRIO, NÃO ROUBES, NÃO LEVANTES FALSO TESTEMUNHO CONTRA NINGUÉM, RESPEITA O TEU PAI E A TUA MÃE, E AMA O TEU PRÓXIMO COMO A Tl MESMO." ENTÃO O JOVEM DISSE: "ESSES MANDAMENTOS TENHO-OS EU CUMPRIDO TODOS. QUE ME FALTA AINDA?" JESUS ACRESCENTOU: "SE QUERES SER PERFEITO VAI VENDER TUDO O QUE TENS E DÁ O DINHEIRO AOS POBRES. FICARÁS ASSIM COM UM TESOURO NO CÉU. DEPOIS, VEM E SEGUE-ME." MAS O JOVEM, AO OUVIR ISTO, FOI-SE EMBORA TRISTE, PORQUE ERA MUITO RICO" (MATEUS 19:16-22). UCD 24 2 Este jovem tinha o que muita gente da sua idade parece querer - posição e riqueza. Um dia, vendo a terna e carinhosa interacção de Jesus com as crianças, descobriu no seu coração o desejo cada vez maior de ser discípulo do Senhor. A ideia tornou-se tão urgente que ele correu atrás de Jesus, ajoelhou-se e sinceramente fez a pergunta mais importante da vida: "Bom Mestre, o que posso fazer para ter a vida eterna?" UCD 24 3 Jesus respondeu com um desafio que pôs à prova as ideias do jovem. Ele respondeu: "Só Deus é bom, porque me chamas bom?" UCD 24 4 Este jovem executivo obviamente tinha "uma boa vida". Convencera-se a si mesmo de que "tinha conseguido", tanto no seu trabalho como na sua vida espiritual. No entanto, apesar de tudo isso, ele sentia que faltava alguma coisa. Tinha visto a maneira como Jesus abençoava as crianças e queria que Jesus o abençoasse também. UCD 24 5 Em resposta à sua pergunta, Jesus disse-lhe que guardasse os mandamentos e citou alguns deles que tratam das nossas relações interpessoais. O jovem príncipe replicou, com segurança, que fazia tudo isso desde a sua juventude. E depois acrescentou uma pergunta incisiva: "O que falta?" Ao olhar para o rosto do jovem, Jesus pesquisava a sua vida e carácter. Ele amava o jovem ajoelhado aos Seus pés e queria dar-lhe a paz que ele desejava. Por isso respondeu: "Uma coisa te falta. Vende todas as tuas posses e dá os lucros aos pobres. Isso dar-te-á uma conta bancária no Céu. Depois pega na cruz e segue-Me."30 UCD 25 1 Jesus desejava sinceramente ter este jovem como um dos Seus discípulos. Sabia que a juventude podia ser uma tremenda influência para o bem. Ele tinha qualidades e talentos muito bons. Jesus queria dar-lhe a oportunidade de desenvolver um carácter que reflectisse a imagem de Deus. UCD 25 2 Se o príncipe se tivesse juntado a Jesus, teria sido um grande poder para o bem. Se tivesse tomado a decisão de ser discípulo, quão diferente teria sido a sua vida.31 UCD 25 3 A sua vida ter-se-ia tornado tudo o que ele queria que fosse. Mas faltava uma coisa, apenas uma! Vender e distribuir a sua grande riqueza e unir-se a Jesus teria corrigido essa única debilidade. Essa acção teria eliminado o interesse egoísta da sua vida e tê-la-ia enchido, em vez disso, com o amor de Deus. Jesus pediu-lhe que escolhesse entre a riqueza mundana e o valor celestial. UCD 25 4 Juntar-se a Jesus significava que este jovem tinha de aceitar uma vida de negação do eu. Com profundo interesse Jesus observava enquanto ele pesava a questão. Com perspicácia, o príncipe compreendeu o que lhe tinha sido dito, mas isso entristeceu-o. Se ele tivesse a noção do que teria ganho no dom que Jesus lhe oferecia, ter-se-ia tornado um discípulo. Em vez disso, reflectiu no que iria perder.32 UCD 25 5 O homem que estava ajoelhado diante de Jesus servia como um honrado membro de um conselho dos judeus, e Satanás tentou-o a pensar nas perspectivas lisonjeiras dessa posição. Sim, certamente que este Jovem queria o tesouro espiritual que Jesus oferecia. Mas também queria as vantagens da sua riqueza. Sim, ele desejava a vida eterna. Mas não que ria todos esses sacrifícios. Finalmente, depois de pensar no assunto, afastou-se muito triste. O preço da vida eterna parecia demasiado elevado. UCD 26 1 O rico e jovem príncipe tornou-se vítima de um auto-engano. Embora dissesse o contrário, ele não tinha guardado todos os mandamentos. Tinha um ídolo que adorava - a sua riqueza. Ele amava mais as suas posses do que Deus, os dons mais do que o Doador. UCD 26 2 Muitos hoje enfrentam a mesma escolha. Eles pesam as propostas opostas do mundo espiritual e do mundo material. E tal como o jovem príncipe, afastam-se de Jesus e dizem: "Não posso servir este Homem."33 UCD 26 3 Se ao menos ele tivesse sido capaz de ver para além de uma vida de obediência aos mandamentos, uma vida de verdadeiro amor que Jesus oferecia, quão diferente poderia ter sido a sua vida. UCD 26 4 O príncipe tinha recebido muito para que pudesse demonstrar generosidade. Hoje passa-se o mesmo. Deus dá-nos talentos e oportunidades de trabalhar com Ele para ajudar os pobres e sofredores. Sempre que usamos os nossos dons desse modo, associamo-nos a Deus para ganhar outros para Cristo. Aqueles que apreciam posições de grande influência e de segurança financeira talvez achem que o custo de seguir Jesus é demasiado alto. Mas a submissão do eu está no próprio âmago do que significa ser Seu seguidor. Muitas vezes, essa realidade é expressa numa linguagem que parece exigente, mas Deus não tem outra maneira de nos salvar, a não ser separando-nos de tudo o que possa destruir-nos.34 UCD 26 5 Jesus chamou outro homem rico, para o Seu serviço, que deixou tudo, trocando o seu negócio lucrativo pela pobreza e dificuldades.35 UCD 26 6 Ninguém gosta do "homem dos impostos." Nem hoje, nem nos tempos de Cristo na Palestina. Eram os funcionários mais detestados de todos. Não só porque cobravam impostos (uma dolorosa forma de os judeus se lembrarem dos seus conquistadores Romanos), mas também porque esses homens eram desonestos. Enriqueciam por meio de extorsões. E quando um judeu trabalhava para os Romanos na cobrança de impostos, era visto como parte do mais vil segmento da sua sociedade.36 UCD 27 1 Mateus era um dos odiados extorsionistas. Mas um dia tudo mudou. Depois de ter chamado dois grupos de irmãos junto ao Mar da Galileia, Pedro e André, depois Tiago e João, Jesus chamou Mateus para ser Seu discípulo. Enquanto que outros julgavam Mateus pela sua vocação, Jesus leu o seu coração e reconheceu que estava aberto. Mateus tinha ouvido Jesus falar e queria pedir ajuda, mas tinha-se convencido a si mesmo de que o Grande Mestre nunca o notaria.37 UCD 27 2 Sentado à sua banca de impostos, um dia, Mateus viu Jesus aproximar-Se. Momentos mais tarde, ficava espantado ao ouvir Jesus dizer: "Segue-Me." Mateus levantou-se da sua banca, deixou tudo como estava, voltou-se e seguiu Jesus. Não hesitou, não fez perguntas, não pensou nem um só momento no seu lucrativo negócio ou na pobreza que estava prestes a receber em troca. Para Mateus, bastava estar com Jesus, ouvir as Suas palavras e trabalhar com Ele. UCD 27 3 Aconteceu o mesmo com os irmãos que Jesus tinha acabado de chamar. Pedro e André ouviram o chamado, deixaram as suas redes na praia, deixaram o seu barco de pesca e afastaram-se com Jesus. Não perguntaram como é que ganhariam a vida ou como é que providenciariam para as suas famílias. Acharam o chamado para ser Seus discípulos demasiado motivador para ser racionalizado ou adiado. Simplesmente obedeceram ao chamado e juntaram-se a Jesus. UCD 27 4 Relatos da atitude de Mateus despertaram interesse em toda a cidade. E na exuberância do seu novo discipulado, Mateus tentava desesperadamente influenciar os seus antigos colegas. Por isso organizou uma festa em sua casa e convidou parentes e amigos. Esses amigos incluíam não só cobradores de impostos mas também muitas outras pessoas de "reputação duvidosa", pessoas estritamente evitadas pelos seus vizinhos mais escrupulosos. UCD 27 5 Mas Jesus não hesitou em aceitar o convite, mesmo sabendo que ofenderia os líderes judeus e se colocaria numa posição duvidosa aos olhos dos outros. Com prazer Jesus foi ao jantar, e Mateus colocou-O na mesa principal, rodeado de desonestos cobradores de impostos.38 UCD 28 1 Durante a festa, alguns rabis tentaram voltar os novos discípulos contra o novo Mestre, perguntando: "Porque é que o vosso Mestre come com os publicanos e pecadores?" Jesus ouviu a pergunta, e antes de os Seus discípulos poderem responder desafiou os rabis com as palavras: "As pessoas saudáveis não vão ao médico, somente os doentes. Porque não vão tentar perceber o significado destas palavras: "Misericórdia quero, e não sacrifício"? Não vim chamar justos. Vim chamar pecadores ao arrependimento." UCD 28 2 Os fariseus afirmavam ser espiritualmente perfeitos, sem qualquer necessidade de um médico espiritual. Consideravam os cobradores de impostos e os gentios como mortos devido às suas doenças da alma. Por isso Jesus confrontou esses líderes religiosos com uma verdade óbvia: Porque é que Ele não havia de Se associar precisamente com as pessoas que precisavam da Sua ajuda?39 UCD 28 3 Uma religião legal nunca pode atrair ninguém para Jesus. UCD 28 4 É tão destituída de amor! O jejum e a oração motivados por um espírito de justificação própria são abomináveis. Mesmo os serviços religiosos solenes, cerimónias religiosas, a pública 'humilhação' do eu e sacrifícios impressionantes feitos para mostrar que uma pessoa é 'digna' do Céu, são um perfeito engano. Nada que possamos algum dia fazer poderá comprar a salvação.40 UCD 28 5 Afinal, é só quando renunciamos ao nosso interesse egoísta que podemos tornar-nos crentes, seguidores, discípulos de Jesus. O rico jovem príncipe não conseguiu fazê-lo. Mateus conseguiu. Um fez a escolha certa, o outro não. Mateus era um inconverso e entrou numa vida de serviço cheio de alegria. O outro continuou uma vida de prestígio humano, riqueza - e vazio. Um encontrou a vida eterna; o outro perdeu-a. Quando renunciamos ao interesse egoísta, o Senhor anima-nos com uma nova vida. Só os 'odres novos' podem conter o 'vinho novo' de uma vida renovada em Cristo.41 ------------------------Capítulo 6 -- A Resposta Está no Terreno UCD 29 1 NAQUELE MESMO DIA, SAINDO JESUS DE CASA, SENTOU-SE À BEIRA-MAR; E GRANDES MULTIDÕES SE REUNIRAM PERTO DELE, DE MODO QUE ENTROU NUM BARCO E SE ASSENTOU; E TODA A MULTIDÃO ESTAVA EM PÉ NA PRAIA. E DE MUITAS COISAS LHES FALOU POR PARÁBOLAS E DIZIA: "ElS QUE O SEMEADOR SAIU A SEMEAR. E, AO SEMEAR, UMA PARTE CAIU À BEIRA DO CAMINHO, E, VINDO AS AVES, A COMERAM. OUTRA PARTE CAIU EM SOLO ROCHOSO, ONDE A TERRA ERA POUCA, E LOGO NASCEU, VISTO NÃO SER PROFUNDA A TERRA. SAINDO, PORÉM, O SOL, A QUEIMOU; E, PORQUE NÃO TINHA RAIZ, SECOU-SE. OUTRA CAIU ENTRE OS ESPINHOS, E OS ESPINHOS CRESCERAM E A SUFOCARAM. OUTRA, ENFIM, CAIU EM BOA TERRA, E DEU FRUTO: A CEM, A SESSENTA E A TRINTA POR UM. QUEM TEM OUVIDOS PARA OUVIR, OUÇA." UCD 29 2 "ATENDEI, VÓS, POIS, À PARÁBOLA DO SEMEADOR. A TODOS OS QUE OUVEM A PALAVRA DO REINO E NÃO A COMPREENDEM, VEM O MALIGNO E ARREBATA O QUE LHES FOI SEMEADO NO CORAÇÃO. ESTE É O QUE FOI SEMEADO À BEIRA DO CAMINHO. O QUE FOI SEMEADO EM TERRENO ROCHOSO, ESSE É O QUE OUVE A PALAVRA E A RECEBE LOGO, COM ALEGRIA, MAS NÃO TEM RAIZ EM SI MESMO, SENDO, ANTES, DE POUCA DURAÇÃO; EM LHE CHEGANDO A ANGUSTIA OU A PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA PALAVRA, LOGO SE ESCANDALIZA. O QUE FOI SEMEADO ENTRE OS ESPINHOS É O QUE OUVE A PALAVRA, PORÉM OS CUIDADOS DO MUNDO E A FASCINAÇÃO DAS RIQUEZAS SUFOCAM A PALAVRA, E FICA INFRUTÍFERA. MAS O QUE FOI SEMEADO EM BOA TERRA É O QUE OUVE A PALAVRA E A COMPREENDE; ESTE FRUTIFICA A CEM, A SESSENTA E A TRINTA POR UM" (MATEUS 13:1-9, 18-23). UCD 29 3 Uma multidão tinha-se reunido junto ao Mar da Galileia, desejosa de ver e ouvir Jesus. Entre eles estavam muitos doentes, que esperavam ser curados. Era uma alegria para Jesus exercer o Seu direito de os restaurar a uma saúde vibrante.42 UCD 29 4 Como a multidão se tornava maior e começava a apertá-l'O, Jesus acabou por não ter lugar na praia. Por isso entrou num barco de pesca e pediu aos discípulos que se afastassem um pouco da praia. Sem ser incomodado, então Ele falou à multidão que O ouvia na praia. UCD 30 1 A planície de Nazaré estendia-se ao longo das margens do lago e, para além dela, elevavam-se as colinas. Nesse dia, tanto na planície como nas encostas das colinas, os trabalhadores estavam ocupados. Alguns estavam ocupados a semear, outros andavam a ceifar o cereal duma sementeira anterior. Jesus, vendo estas actividades, contou a parábola do agricultor/semente. UCD 30 2 Os judeus dessa época estavam obcecados por um Messias que restabelecesse o seu reino terrestre. Mas Jesus explicou que o reino não seria estabelecido pela força, pela violência ou pelas armas. Ele viria somente quando um novo princípio espantoso encontrasse terreno fértil nas mentes humanas.43 UCD 30 3 Para facilitar a compreensão desta verdade, Jesus apresentou-Se a Si mesmo nesta história, não como um poderoso rei mas como um humilde agricultor a semear. Desse modo, ensinou-lhes que as mesmas leis que controlam a sementeira, o crescimento e a colheita num campo também se aplicam ao desenvolvimento da nossa vida espiritual.44 UCD 30 4 A história deixou a multidão confusa. Despertou o seu interesse, mas também destruiu os seus sonhos. Mesmo os discípulos não compreenderam a lição da parábola. Mais tarde, vieram ter com Jesus em privado e pediram-Lhe uma explicação.45 UCD 30 5 Nas palavras da promessa feita a Adão e Eva no Éden, Jesus plantou a semente do evangelho. E nas palavras desta parábola Jesus mais uma vez plantou a semente do evangelho. Na história, a semente representa a Palavra de Deus. Todas as sementes contêm vida. E cada palavra vinda de Deus contém vida. Jesus disse: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5:24). A vida de Deus está em cada exigência e promessa da Palavra de Deus. Através d'Ele todas as exigências são realizadas e todas as promessas se tornam realidade. Por isso, receber a Palavra de Deus é receber a vida e o carácter de Deus. UCD 30 6 Todas as sementes se reproduzem a si mesmas - e só a si mesmas. Se semearmos sementes nas condições adequadas, então a vida específica dessa semente crescerá. Do mesmo modo, se plantarmos as palavras de Deus nas nossas vidas nas condições adequadas, elas produzirão uma vida e um carácter semelhantes à vida e carácter de Deus.46 A filosofia e a literatura seculares, embora brilhantes, não podem fazer isso. Mas quando as palavras de Deus são plantadas na nossa alma, elas desabrocham para a vida, vida eterna.47 UCD 31 1 Reparem que na história o agricultor semeou a sua semente. Jesus ensinava a verdade porque Ele é a verdade. Os Seus pensamentos, carácter e experiência de vida permeavam os Seus ensinos. E o mesmo princípio se aplica sempre que partilhamos a Palavra de Deus com outros. Só podemos ensinar a outros com êxito aquilo que experimentámos. Por isso, antes de partilharmos as boas novas, devemos torná-las nossas por experiência própria. UCD 31 2 A história do agricultor descreve quatro situações opostas, quatro tipos de lugares em que a semente caiu. Quando o agricultor espalhou a semente à mão, a brisa podia levá-la em todas as direcções, algumas pretendidas e outras não. Jesus contou a história de maneira que os seus ouvintes pudessem compreender que os resultados são determinados exclusivamente pelas condições em que a semente cai. UCD 31 3 Alguma semente caiu em caminhos pisados e duros. Jesus explicou-o da seguinte maneira: "Uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram" (Mateus 13:4). A semente que caiu no caminho batido é um símbolo da Palavra de Deus que chega a um coração não receptivo. Há muito trânsito neste caminho - tipos de prazer pecaminoso, objectivos de carreira egoístas, hábitos do mundo. O tempo e a atenção são completamente absorvidos, e nenhuma atenção é prestada às palavras que produzem vida. UCD 31 4 E assim como os pássaros são rápidos a ver e a alimentar-se das sementes espalhadas, assim a tentação vem para desviar a nossa atenção e nos tornar indiferentes. E se essa reacção continuar, em breve o nosso coração se tornará como aquele caminho duro em que as sementes do evangelho foram espalhadas. Deixa de ser receptivo e fica calejado. UCD 32 1 Jesus continuou: "OUTRA PARTE CAIU EM SOLO ROCHOSO, ONDE A TERRA ERA POUCA, E LOGO NASCEU, VISTO NÃO SER PROFUNDA A TERRA. SAINDO, PORÉM, O SOL, A QUEIMOU; E, PORQUE NÃO TINHA RAIZ, SECOU-SE" (MATEUS 13:5, 6).48 UCD 32 2 Se plantarmos algumas sementes numa caixa perto de uma janela ou num recipiente de pedra contendo alguma terra e muitas pedras, vê-las-emos brotar. Mas no calor do dia, se as plantas não tiverem raízes e não puderem obter os nutrientes e a humidade do solo, rapidamente definharão. Isto é um símbolo da reacção de algumas pessoas ao recebimento da Palavra de Deus. Há uma demonstração de interesse, uma aproximação exterior a Deus, mas, tal como o jovem príncipe rico, confiam nas suas próprias boas obras em vez de no poder e força do Senhor. O interesse egoísta continua a ser o princípio activo da vida. Pode haver convicção intelectual, superficialidade de acção, mas não existe qualquer verdadeira convicção no coração, o que significa que, em breve, nada restará. UCD 32 3 Lembram-se das reacções de Mateus ao ouvir as palavras de Jesus? Analisou o convite, avaliou o preço a pagar e, sem demora, levantou-se, deixou tudo, e O seguiu. Mas a semente que cai em "lugares rochosos" representa aqueles que agem sem pensar. Não avaliam o preço a pagar; actuam impulsivamente. Não fazem uma entrega completa ao Senhor Jesus nem decidem viver a vida que Ele oferece. Contentam-se em viver de aparências exteriores sem fazer mudanças nos seus hábitos destrutivos.49 UCD 32 4 E o quente sol de Verão, que fortalece e amadurece as plantas saudáveis, destrói as plantas que não têm raízes. Algumas pessoas aceitam o evangelho como uma saída para dificuldades pessoais em vez de uma libertação do pecado. Sentem-se felizes durante um tempo, pensando que a religião vai resolver os seus problemas. E enquanto a vida se desenrola calmamente, parecem ser cristãos sinceros e fortes. Mas vacilam quando enfrentam a primeira tentação de fogo.50 UCD 32 5 O amor é o princípio do governo de Deus, e deve ser o fundamento do carácter cristão. Nenhuma outra coisa nos pode dar o poder para vencer as provas e tentações.51 E esse amor revela-se no sacrifício. O plano da redenção nasceu em sacrifício, e o sacrifício amoroso de Deus é imenso. Jesus deu tudo por nós, e aqueles que O recebem estarão dispostos a sacrificar tudo por Ele. UCD 33 1 Jesus disse, "Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram" (Mateus 13:7). Não se consegue ter uma colheita de trigo entre ervas daninhas e espinhos. E as sementes do amor de Deus só conseguem desenvolver-se quando aquilo que de outro modo "cresce naturalmente" é arrancado, permitindo que a graça de Deus seja o princípio activo da vossa vida. Enquanto for permitido ao Espírito Santo trabalhar, os nossos caracteres serão refinados, e teremos força para arrancar os hábitos que são contrários à vontade de Deus. Aceitar Jesus deve ser seguido por imitar o Seu exemplo. É um processo a que a Bíblia chama santificação. Os dois devem sempre ir juntos. UCD 33 2 Jesus foi muito específico ao nomear os factores que nos podem impedir de crescermos n'Ele. Um dos factores é identificado como "os cuidados do mundo". Isto aplica-se a todas as pessoas, seja qual for a sua situação social. Os pobres temem não ser capazes de suprir as suas necessidades básicas. Os ricos temem perder o que acumularam. Os medos que todos sentimos acerca de segurança deveriam levar-nos Àquele que prometeu suprir todas as nossas necessidades, porque Ele cuida de nós. Não importa onde trabalhemos ou onde passamos o nosso tempo, podemos ficar tão absorvidos nas coisas seculares que expulsamos das nossas vidas as coisas essenciais para o crescimento da semente da Palavra de Deus - tempo para meditar sobre Deus e o Céu, tempo para orar, tempo para estudar as Escrituras, tempo para buscar e servir a Deus. O ruído do mundo é mais forte do que a voz do Espírito de Deus. UCD 33 3 Em seguida, Jesus falou sobre a falácia das riquezas. Em vez de considerar a riqueza como um dom a ser usado para glória de Deus e para ajudar outros, ela pode ser usada como um meio de promoção do eu. Nesse caso, em vez de desen volvermos o altruísmo de Deus, desenvolvemos o egoísmo de Satanás.52 UCD 34 1 Depois Jesus falou sobre "os prazeres da vida." Ele não queria dizer que não devemos passar um bom bocado. (Na verdade, Ele começou o Seu ministério na Palestina numa festa de casamento e não hesitou em estar presente em reuniões sociais como as de Mateus e de Simão.) Em vez disso, aqui Jesus fala do perigo daqueles tipos de diversão que afastam o nosso afecto d'Ele. Ele condena os hábitos que diminuem a nossa força física, embotam as nossas mentes e obscurecem as nossas percepções espirituais - coisas essas que, todas elas, fazem definhar o crescimento espiritual. UCD 34 2 O agricultor, continuou Jesus, nem sempre fica desapontado. Por vezes, a semente cai em boa terra, e ele faz uma bela colheita. "Mas a que foi semeada em boa terra, esse é o que ouve a palavra e a entende" (Mateus 13:23). Isto não se refere a um coração sem pecado, porque o evangelho deve ser pregado aos perdidos. Na verdade, o coração honesto refere-se àquele que se submete à convicção do Espírito Santo. Confessa a sua culpa; sente a necessidade da graça e do amor de Deus. A pessoa que recebe as Escrituras como sendo a voz de Deus, é o verdadeiro aluno. Anjos de Deus aproximam-se daqueles que humildemente procuram a orientação divina.53 UCD 34 3 Se os nossos corações se tornarem o "terreno bom", escolheremos encher a nossa mente com pensamentos elevados, pensamentos puros. Jesus viverá em nós, produzindo o bom fruto da obediência e das boas obras. Os nossos problemas e dificuldades ajudar-nos-ão a tornar-nos mais semelhantes a Cristo até que busquemos a vida eterna de todo o nosso coração, mesmo que o preço a pagar seja a perda, a perseguição ou a própria morte.54 UCD 34 4 Ao longo de toda a história do agricultor, Jesus mostrou que os diferentes resultados da sementeira dependiam da receptividade do solo. Em cada caso o agricultor é o mesmo, e a semente é a mesma. Assim, se a Palavra de Deus não prospera nas nossas vidas, o problema está em nós mesmos. Os resultados estão sob o nosso controlo. É verdade que não podemos mudar-nos a nós mesmos; mas temos a capacidade de escolher, e assim determinamos o que viremos a ser. Se a nossa experiência tem sido a de um caminho batido ou a de um campo pedregoso, de espinhos e ervas daninhas, não tem forçosamente de continuar assim.55 UCD 35 1 O Espírito de Deus está pronto a destruir os velhos moldes e a dar-te uma nova vida se permitires que o teu coração seja "terreno bom", um ouvinte e um praticante da Sua Palavra. UCD 35 2 Quando a semente da Sua Palavra ganhar raízes fundas no fértil solo do teu coração, produzirá fruto! Através da invisível união da tua vida com Jesus, pela fé, a tua vida espiritual pode florescer. Quando Jesus semeia as sementes das boas novas no teu coração, a colheita é alegria - alegria para ti, alegria para todo o Céu!56 ------------------------Capítulo 7 -- Como Orar UCD 36 1 "E, QUANDO ORARES, NÃO SEJAS COMO OS HIPÓCRITAS; POIS SE COMPRAZEM EM ORAR EM PÉ NAS SINAGOGAS, E ÀS ESQUINAS DAS RUAS, PARA SEREM vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando A TUA PORTA, ORA A TEU PAI QUE ESTÁ EM OCULTO; E TEU PAI, QUE VÊ SECRETAMENTE, TE RECOMPENSARÁ. E, ORANDO, NÃO USEIS DE VÃS REPETIÇÕES, COMO OS GENTIOS, QUE PENSAM QUE POR MUITO FALAREM SERÃO OUVIDOS. Não vos assemelheis pois a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é NECESSÁRIO, ANTES DE VOS LHO PEDIRDES. PORTANTO, VOS ORAREIS ASSIM: PAI NOSSO, QUE ESTÁS NOS CÉUS, SANTIFICADO SEJA O TEU NOME; VENHA O TEU REINO, SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU. O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE; E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES; E NÃO NOS INDUZAS À TENTAÇÃO, MAS LIVRA-NOS DO MAL; PORQUE TEU É O REINO, E O PODER, E A GLÓRIA, PARA SEMPRE. AMÉM. PORQUE, SE PERDOARDES AOS HOMENS AS suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, NÃO PERDOARDES AOS HOMENS AS SUAS OFENSAS, TAMBÉM VOSSO PAI VOS NÃO PERDOARÁ AS VOSSAS OFENSAS" (Mateus 6:5-15). UCD 36 2 Deus fala-nos constantemente através da Natureza, através da Escritura, e através das Suas muitas interacções providenciais. Mas isso não basta para nos manter em íntima relação com Ele. Também precisamos de falar com Ele. Orar é abrir os nossos corações a Deus, como fazemos a um amigo. A oração não traz Deus até nós; ela eleva-nos até Ele. UCD 36 3 Quando Jesus viveu aqui na Terra, ensinou os Seus discípulos a orar. Disse-lhes que contassem a Deus as suas necessidades e que partilhassem com Ele as suas lutas e dificuldades. Jesus falava por experiência. Tudo o que Ele suportava dia após dia, rodeado pelo pecado, partilhava com o Seu Pai. Era assim que Ele encontrava conforto e forças para continuar. Se Jesus sentia necessidade de orar regularmente, constantemente, quanto mais necessitamos nós de fazer o mesmo.57 UCD 37 1 Nunca sejam relutantes em orar, porque a oração é a chave na mão da fé para abrir o tesouro do Céu. Sem oração regular corremos o risco de crescermos descuidadamente e de nos perdermos. UCD 37 2 Mas há algumas condições para que possamos esperar que Deus ouça e responda às nossas orações. Para começar, devemos sentir necessidade da Sua ajuda. A menos que os nossos corações estejam abertos à influência do Espírito não podemos receber a bênção de Deus. A Bíblia diz, "Pedi, E DAR-SE-VOS-Á; BUSCAI, E ENCONTRAREIS; BATEI, E ABRIR-SE-VOS-Á" (MATEUS 7:7). UCD 37 3 Em seguida, precisamos de ter fé. Jesus disse aos Seus discípulos, "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis" (Marcos 11:24). Mesmo quando não recebemos as coisas exactas pelas quais oramos, precisamos de crer, precisamos de ter fé. Quando parece que as nossas orações não estão a ser respondidas, esperem! Creiam, confiem na promessa, e a resposta virá. Deus é demasiado sábio para cometer um erro e demasiado bom para não nos dar uma coisa que seja para o nosso bem.58 UCD 37 4 Quando vamos pedir uma bênção a Deus, devemos ter um espírito de perdão no nosso coração. Jesus recorda-nos isso na Sua oração modelo, ao dizer: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores" (Mateus 6:12). Se queremos que as nossas orações sejam ouvidas, devemos perdoar aos outros do mesmo modo e na mesma proporção em que esperamos ser perdoados.59 UCD 37 5 A oração diária contínua mantém as nossas vidas unidas a Deus, por isso nunca devemos permitir que nada interrompa essa ligação através da oração. Orem com outras pessoas, orem com a família, mas, acima de tudo, tomem tempo para a oração privada, pessoal, porque ela constitui a verdadeira corrente de vida da vossa alma.60 UCD 37 6 Acerca de quê vão falar com Deus nas vossas orações pessoais? De tudo! Os vossos desejos e necessidades, a vossa felicidade e tristeza, os vossos problemas e temores, contem tudo a Deus. Ele nunca achará que uma única palavra ou pedido seja um fardo, não importa se oram muito e durante muito tempo. UCD 38 1 Certamente nada é demasiado grande para estar fora do Seu campo de atenção; lembrem-se, Ele tem nas mãos todos os mundos do universo. Nada é demasiado pequeno para o Seu interesse e desejo de vos ajudar. Se é alguma coisa que vos preocupa, também O preocupa a Ele. UCD 38 2 Jesus diz, "Farei tudo o que pedirdes em meu nome" (João 14:13). Orar no nome de Jesus significa mais do que simplesmente mencionar o Seu nome no início e no fim de uma oração. Significa orar com o espírito de Jesus, crendo nas Suas promessas, confiando na Sua graça e agindo do modo que Ele gostaria que agíssemos. UCD 38 3 Deus não nos pede que nos tornemos eremitas ou monges e que nos isolemos do mundo. Ele chama-nos a viver como Jesus, e a alternar entre "o monte do isolamento e da paz" e as multidões no lugar onde vivemos e estudamos e trabalhamos diariamente. Uma pessoa que não faz mais nada do que orar, em breve deixará de orar de forma significativa. UCD 38 4 Se tivéssemos de falar com Deus sempre que Ele mostra o Seu cuidado por nós, dificilmente pararíamos de falar com Ele em oração todo o dia! Falamos da nossa vida com os nossos amigos, porque é aí que estão os nossos interesses. Falamos dos nossos amigos, porque os amamos. Bem, temos uma razão infinitamente maior para amar Deus do que para amar os nossos amigos, por isso devia ser a coisa mais natural do mundo dar-Lhe o primeiro lugar nos nossos pensamentos, falar da Sua bondade, e partilhar com outros o Seu poder na nossa vida. UCD 38 5 O nosso tempo devocional não deveria ser apenas de pedidos. Quando oramos, precisamos de ter tempo para agradecer a Deus pelo modo como nos dirigiu e nos abençoou. Deus é como um Pai muito carinhoso e misericordioso. Por essa razão, servi-IO nunca deveria ser visto como uma obrigação assustadora e penosa. Deve tornar-se o nosso prazer e inspiração. No vosso tempo de oração pessoal, pensem na Sua cruz, no Seu amor, no Seu sacrifício, e então começarão a expressar a vossa gratidão e o vosso louvor pelo maravilhoso dom que vos deu. Saberão que Jesus vos ama e cuida de vós, e poderão cumprir com alegria as vossas actividades diárias, sabendo que Jesus espera ir convosco como vosso melhor Amigo.61 ------------------------Capítulo 8 -- Como Ter Fé UCD 39 1 Outra parábola lhes propôs dizendo: "O reino dos céus é semelhante A UM GRÃO DE MOSTARDA, QUE UM HOMEM TOMOU E PLANTOU NO SEU CAMPO; O QUAL É, NA VERDADE, A MENOR DE TODAS AS SEMENTES, E, CRESCIDA, É maior do que as hortaliças, e se faz árvore, de modo que as aves do céu vêm aninhar-se nos seus ramos" (Mateus 13:31, 32). UCD 39 2 E, QUANDO CHEGARAM JUNTO DA MULTIDÃO, APROXIMOU-SE DELE UM HOMEM, QUE SE AJOELHOU E DISSE: SENHOR, COMPADECE-TE DE MEU FILHO, PORQUE É LUNÁTICO E SOFRE MUITO; POIS MUITAS VEZES CAI NO FOGO E OUTRAS MUITAS, NA ÁGUA. APRESENTEI-O AOS TEUS DISCÍPULOS, MAS ELES NÃO PUDERAM CURÁ-LO. JESUS EXCLAMOU: Ó GERAÇÃO INCRÉDULA E PERVERSA! ATÉ QUANDO ESTAREI CONVOSCO? ATÉ QUANDO VOS SOFREREI? TRAZEI-ME AQUI O MENINO" (MATEUS 17:14-17). UCD 39 3 Todos querem ter paz de espírito. Mas vocês sabem que não a podem comprar nem ganhar. Que alívio é descobrir que a podemos receber como um dom! Não importa o mal que tenha feito parte do vosso antigo estilo de vida, ao confessá-lo a Jesus, Ele perdoá-lo-á completamente, dar-vos-á um novo coração (para usar a metáfora da Bíblia), e deixar-vos-á recomeçar tudo de novo. Ele dá-vos realmente uma segunda oportunidade genuína, porque isso é precisamente o que Ele prometeu. UCD 39 4 Enquanto esteve na Terra, Jesus ensinou-nos que os dons que Ele promete são nossos se crermos. Curou muitas pessoas das suas doenças e deficiências físicas quando punham a sua fé no Seu poder. Essa ajuda no campo físico dava-lhes a certeza de que podiam confiar n'Ele para um milagre semelhante no campo espiritual. UCD 39 5 Lembram-se da história do paralítico de Betesda? Esse homem estava desesperado; há 38 anos que não usava os seus membros inferiores. Mas Jesus disse-lhe simplesmente: "Levanta-te, pega na tua cama e vai para tua casa" (João 5:8). Este pobre homem podia ter arranjado um monte de justificativas por que é que não o podia fazer, baseado em 38 anos de experiência, mas acreditou em Jesus, acreditou que podia andar. Tomou a decisão de tentar. E no momento em que ele tomou a decisão de responder positivamente às palavras de Jesus, Deus concedeu o poder! Ele caminhou!62 UCD 40 1 Dá-se o mesmo num milagre espiritual. Nenhum de nós, por nós mesmos, pode fazer nada acerca dos nossos pecados passados. Não podemos mudar os nossos corações nem tornar-nos a nós mesmos minimamente bons. Mas Deus promete fazer isso por nós através de Jesus. Tudo o que Ele pede é que acreditemos na Sua promessa, peçamos perdão para os nossos pecados e nos entreguemos a Ele. Por outras palavras, tomamos uma decisão; usamos a nossa vontade. E no momento em que cremos - cremos que estamos perdoados e limpos - Deus supre o que falta. Por isso, continuem a pensar naquele homem paralisado. Foi curado. E espiritualmente, o mesmo nos pode acontecer a nós também, se crermos. UCD 40 2 Não esperem até se sentirem bem com a vossa decisão. Digam para vocês mesmos: "Creio na promessa; é assim, porque Deus prometeu." Depois, nunca voltem atrás! A partir desse dia serão novas pessoas.63 UCD 40 3 Sabem, depois de se terem entregado a Jesus deste modo e de O terem aceitado como vosso Salvador, Ele vê-vos como totalmente bons, não importa quão pecaminosa tenha sido a vossa vida. Na realidade, a partir desse momento e na Sua perspectiva, o carácter de Jesus toma o lugar do vosso carácter. Ele vê-vos como nunca tendo pecado. Que dom!64 UCD 40 4 À medida que o tempo passa, pode ser que tenhamos que enfrentar uma dúvida ou duas sobre se esta promessa é para outra pessoa e não para nós. Nesse momento os anjos de Deus rodear-vos-ão, trazendo a graça e o poder de Deus e recordando que não há pecado que Ele não possa perdoar, se nos arrependermos dele e o confessarmos.65 ------------------------Capítulo 9 -- Preparando-se Para Morrer UCD 41 1 E, SAINDO, FOI, COMO DE COSTUME, PARA O MONTE DAS OLIVEIRAS; E OS DISCÍPULOS O ACOMPANHARAM, CHEGANDO AO LUGAR ESCOLHIDO, JESUS LHES DISSE: ORAI, PARA QUE NÃO ENTREIS EM TENTAÇÃO. ELE, POR SUA VEZ, SE AFASTOU, CERCA DE UM TIRO DE PEDRA, E, DE JOELHOS, ORAVA, DIZENDO: PAI, SE QUERES, PASSA DE MIM ESTE CÁLICE; CONTUDO, NÃO SE FAÇA A MINHA VONTADE, E SIM A TUA" (LUCAS 22:39-42). UCD 41 2 Jesus dirigiu-Se, com os Seus discípulos, lentamente para o Getsémani. A lua nessa noite de Páscoa brilhava num céu sem nuvens. As tendas de todos os peregrinos que se tinham dirigido a Jerusalém para a festa estavam silenciosas. UCD 41 3 Durante a viagem Jesus tinha estado em intensa conversação com os Seus discípulos, mas ao aproximarem-se do Getsémani, Ele ficou estranhamente silencioso. Vinha muitas vezes a este lugar para meditar e orar, mas nunca tinha vindo com um coração tão perturbado como nessa noite. Parecia ter perdido o apoio do Seu Pai ao chegar o momento em que devia carregar os pecados do mundo. Os discípulos não podiam deixar de notar a grande mudança que se tinha dado no seu Mestre. UCD 41 4 Perto da entrada do jardim, Jesus deixou para trás a maior parte dos discípulos, pedindo-lhes que orassem por Ele e por si mesmos. Depois, acompanhado por Pedro, Tiago e João, avançou mais para o interior do jardim, onde lhes pediu que orassem também. Avançou ainda mais uns passos aos tropeções, ao alcance da vista e do ouvido dos discípulos, e caiu ao chão. Como ser humano, começou a sofrer os resultados do pecado da humanidade.66 UCD 41 5 Jesus e Satanás tinham-se encontrado num conflito mortal no deserto três anos antes, no início do Seu ministério terreno, e ali Ele tinha vencido. Agora o tentador vem para um último e terrível assalto final. Tudo está em jogo para ele. Se falhar desta vez, perderá a esperança de Se tornar o Senhor do mundo. Na Sua agonia, Jesus agarra-Se ao solo frio, como se quisesse evitar ser mais afastado do Pai, e dos Seus lábios sai o clamor: "MEU PAI, SE POSSÍVEL, PASSE DE MIM ESTE CÁLICE! TODAVIA, NÃO SEJA COMO EU QUERO, E SIM COMO TU QUERES" (MATEUS 26:39). UCD 42 1 Todos os seres humanos desejam simpatia em momentos de sofrimento. Jesus também ansiava por simpatia. Naquele momento da Sua agonia final, veio ter com os discípulos em busca do seu conforto. Sempre os tinha apoiado nos seus problemas, e ansiava saber que estavam a orar por Ele. Cambaleou até ao lugar onde os tinha deixado, mas encontrou os três adormecidos. Pouco antes, quando Jesus os tinha advertido do conflito iminente, todos Lhe tinham assegurado que de boa vontade enfrentariam prisão ou morte por Sua causa. Pedro ainda acrescentou que, ainda que todos os outros falhassem, ele não o faria.67 UCD 42 2 Com incrível tristeza, Jesus despertou os Seus discípulos adormecidos. Dirigindo-Se a Pedro, perguntou: "Nem uma hora sequer puderam apoiar-Me? Vocês têm muito boa vontade, mas também são muito fracos." Tristemente, Jesus afastou-Se para continuar a lutar sozinho, e ali transpirou gotas de sangue que caíram ao chão e se misturaram com o orvalho. UCD 42 3 "TORNANDO A RETIRAR-SE, OROU DE NOVO, DIZENDO: MEU PAI, SE NÃO É POSSÍVEL PASSAR DE MIM ESTE CÁLICE SEM QUE EU O BEBA, FAÇA-SE A TUA vontade" (Mateus 26:42). A primeira reacção dos três discípulos foi correrem para o Seu lado, mas chegaram à conclusão de que deviam fazer o que Ele lhes tinha pedido. Por isso, oraram, depois gradualmente voltaram a adormecer. Mais tarde, Jesus aproximou-Se deles uma segunda vez e encontrou-os adormecidos. Ficaram agitados quando Ele veio ter com eles, mas ficaram sem palavras na Sua presença. Ao verem o Seu sobrolho manchado de sangue, ficaram vencidos pelo temor, incapazes de perceber o que se passava.68 UCD 42 4 Voltando ao Seu lugar de angústia, Jesus mais uma vez orou pela Sua alma agonizante e tentada. Que momento espantoso! O destino do mundo estava a ponto de ser decidido. O futuro da humanidade estava na balança. Mesmo nesse momento Jesus podia ter recusado tomar o lugar da humanidade culpada. Não era demasiado tarde para pôr tudo isto de lado. Podia ter deixado o mundo na sua pecaminosidade e voltado para o Seu Pai no Céu. Mas mais uma vez, e ainda outra vez - sim, três vezes - Ele orou ao Pai: "Faça-se a tua vontade, não a minha."69 UCD 43 1 Anjos vigiavam a agonia de Jesus. Viram as legiões de forças satânicas ao Seu redor. O Céu estava em silêncio; nenhuma música podia ser tocada nesse momento solene. Viram o Pai a separar o Seu amor do Seu amado Filho. Mundos não caídos observavam com interesse profundo enquanto o conflito na Terra chegava ao seu clímax. UCD 43 2 Algum tempo depois, embora a agonia de Cristo continuasse, a Sua profunda depressão e desânimo deixaram-n'O e, calmamente, com a paz escrita no Seu rosto manchado de sangue, levantou-Se para enfrentar o Calvário. UCD 43 3 Ao caminhar de regresso ao lugar onde todos os discípulos dormiam, Jesus apercebeu-Se da multidão que se aproximava e acordou os Seus associados com o anúncio de que o traidor se aproximava. Pondo-Se à frente dos discípulos, Jesus encarou a multidão e perguntou: "A quem buscais?" Quando eles responderam a "Jesus de Nazaré", Jesus respondeu: "Sou eu". UCD 43 4 Enquanto Jesus falava, um anjo colocou-Se entre Ele e a multidão. Uma luz divina iluminava o rosto de Jesus, e uma forma semelhante a uma pomba espalhava a sua sombra. Ao ver isto, a horda assassina recuou. Sacerdotes, anciãos, soldados até Judas - caíram ao chão. UCD 43 5 Nesse momento Jesus podia facilmente ter escapado, mas manteve-Se no Seu lugar mesmo tendo os Seus acusadores caídos aos Seus pés. Os discípulos observavam a cena em silêncio e espantados. UCD 43 6 Então a cena mudou rapidamente. Quando o anjo se afastou, desaparecendo a sua glória na noite, soldados, sacerdotes e Judas levantaram-se e encararam Jesus. Envergonhados da sua fraqueza e receosos de que Jesus pudesse fugir, de novo disseram que queriam Jesus de Nazaré, e Jesus respondeu: "JÁ vos disse que sou eu. Se é a mim que buscais, deixai ir estes" (João 18:8). Nessa noite, Ele tinha visto muitas evidências da fraca fé dos Seus amigos, e queria protegê-los de mais tentações e dificuldades. UCD 43 7 "Ora, o traidor tinha-lhes dado este sinal: Aquele a quem eu BEIJAR, É ESSE; PRENDEI-O" (Mateus 26:48). Por um momento, Ju das finge não ter nada a ver com a multidão. Avançando para Jesus, pega-Lhe na mão e diz: "Saudações, Mestre!" e beija-O várias vezes, fingindo chorar preocupado com o perigo que Jesus corria. Mas Jesus responde: "Judas, com um beijo trais o Filho do homem?" (Lucas 22:48). Se alguma coisa o pudesse fazer, isto deveria ter perturbado a consciência de Judas. Infelizmente, ele manteve a sua posição de desafio, não mostrando qualquer sinal de arrependimento por essa horrível traição.70 UCD 44 1 "Então, dirigindo-Se Jesus AOS principais sacerdotes, capitães DO TEMPLO E anciãos que vieram prendê-l'O, disse: Saístes com espadas E porretes como para deter um salteador? Diariamente, estando eu convosco, no templo, não pusestes AS mãos sobre mim. Esta, porém, É A VOSSA HORA E o PODER DAS TREVAS" (VERSOS 52, 53). UCD 44 2 Os discípulos ficaram aterrorizados quando viram que Jesus Se deixava prender e levar. Não O podiam compreender, e criticavam-n'O por Se submeter à multidão. Nesse momento de grande temor, Pedro propôs que se salvassem. Seguindo a sua sugestão, "os discípulos todos, deixando-O, fugiram" (Mateus 26:56).71 ------------------------Capítulo 10 -- Cruel Crucificação UCD 45 1 OUVINDO PILATOS ESTAS PALAVRAS, TROUXE JESUS PARA FORA E SENTOU- SE NO TRIBUNAL, NO LUGAR CHAMADO PAVIMENTO, NO HEBRAICO GABATÁ. E ERA A PREPARAÇÃO DA PÁSCOA, CERCA DO MEIO DIA; E DISSE AOS JUDEUS: Eis aqui o vosso rei. Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei-de crucificar o vosso rei? Responderam os PRINCIPAIS SACERDOTES: NÃO TEMOS REI, SENÃO CÉSAR! ENTÃO, PILATOS O ENTREGOU PARA SER CRUCIFICADO. TOMARAM ELES, POIS, A JESUS; E ELE PRÓPRIO, CARREGANDO A SUA CRUZ, SAIU PARA O LUGAR CHAMADO CALVÁRIO, GÓLGOTA EM HEBRAICO, ONDE O CRUCIFICARAM E COM ELE OUTROS DOIS, UM DE CADA LADO, E JESUS NO MEIO. PILATOS ESCREVEU TAMBÉM UM TÍTULO E O COLOCOU NO CIMO DA CRUZ; O QUE ESTAVA ESCRITO ERA: JESUS NAZARENO, O Rei dos Judeus. Muitos judeus leram este título, porque o LUGAR EM QUE JESUS FORA CRUCIFICADO ERA PERTO DA CIDADE; E ESTAVA ESCRITO EM HEBRAICO, LATIM E GREGO. OS PRINCIPAIS SACERDOTES DIZIAM A PILATOS: NÃO ESCREVAS: REI DOS JUDEUS, E SIM QUE ELE DISSE: SOU O REI DOS JUDEUS. RESPONDEU PILATOS: O QUE ESCREVI ESCREVI. OS SOLDADOS, DEPOIS DE CRUCIFICAREM JESUS TOMARAM-LHE AS VESTES E FIZERAM QUATRO PARTES, PARA CADA SOLDADO UMA PARTE; E PEGARAM TAMBÉM NA TÚNICA. A TÚNICA, PORÉM, ERA SEM COSTURA, TODA TECIDA DE ALTO A BAIXO. DISSERAM, POIS, uns aos OUTROS: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ELA PARA VER A QUEM CABERÁ - PARA SE CUMPRIR A ESCRITURA: REPARTIRAM ENTRE SI AS MINHAS VESTES E SOBRE A MINHA TÚNICA LANÇARAM SORTES. ASSIM, POIS, O FIZERAM OS SOLDADOS. E JUNTO À CRUZ ESTAVAM A MÃE DE JESUS, E A IRMÃ DELA, E MARIA, MULHER DE CLÉOPAS, E MARIA MADALENA. VENDO JESUS SUA MÃE E JUNTO DELA O DISCÍPULO AMADO, DISSE: MULHER, EIS AÍ O TEU FILHO. DEPOIS, DISSE AO DISCÍPULO: ElS AÍ TUA MÃE. DESSA HORA EM DIANTE O DISCÍPULO A TOMOU PARA CASA. DEPOIS, VENDO JESUS QUE TUDO JÁ ESTAVA CONSUMADO, PARA SE CUMPRIR A ESCRITURA, DISSE: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre UMA ESPONJA E, FIXANDO-A NUM CANIÇO DE HISSOPO, LHA CHEGARAM À BOCA. QUANDO, POIS, JESUS TOMOU O VINAGRE, DISSE: ESTÁ CONSUMADO! E, INCLINANDO A CABEÇA, RENDEU O ESPÍRITO. (JOÃO 19:13-30). UCD 46 1 Logo que se espalharam por Jerusalém notícias da sorte de Jesus, reuniu-se uma enorme multidão e seguia-O ao longo do caminho para o Calvário. Quando Ele passou a porta e entrou no tribunal de Pilatos, puseram sobre os Seus ombros cansados e feridos a cruz que se destinava a Barrabás. Mas o peso da cruz era demasiado para Jesus. Ele não tinha comido desde a ceia da Páscoa com os Seus discípulos, na noite de Quinta- feira. Depois tinha lutado com Satanás no Getsémani, sofreu a traição de Judas, viu-Se abandonado pelos Seus discípulos em fuga, enfrentou Anás, Caifás, Pilatos e Herodes, e duas vezes suportou chicotadas nas costas. Quando Lhe puseram a cruz ao ombro, caiu. Era mais do que qualquer ser humano poderia aguentar. UCD 46 2 Maria, na companhia de João, viu o Seu filho cair. Ela desejava tomar a Sua cabeça ferida nas mãos e limpar a testa que no passado tinha repousado no seu colo. Mas não podia. UCD 46 3 Nesse momento, um cireneu, Simão, que chegava do campo, encontrou-se rodeado pela multidão. Ouviu o clamor de zombaria: Deixem passar o Rei dos Judeus! Espantado com a incrível crueldade e hostilidade, parou para expressar compaixão para com Jesus. Os soldados agarraram-no, colocaram- Ihe a cruz de Jesus aos ombros, e obrigaram-no a carregá-la todo o caminho até ao Calvário. UCD 46 4 Pelo resto da sua vida, Simão recordou esse acontecimento como um privilégio que o levou a escolher tomar a cruz de Cristo. UCD 46 5 As mulheres da multidão observavam o desenrolar com intenso interesse. Algumas delas tinham visto Jesus, quando Lhe tinham levado seres queridos para que os curasse. Estavam espantadas com o ódio revelado pela multidão irada, porque os seus corações estavam cheios de simpatia por Ele. Quando Jesus caiu sem forças sob a cruz, as mulheres lamentavam e clamavam em empatia. Os seus clamores angustiados eram tudo o que Jesus ouvia, enquanto cambaleava ao caminhar. Apesar do Seu intenso sofrimento ao levar os pecados do mundo, Ele olhava para essas mulheres com compaixão. Não eram Suas discípulas. Não estavam a chorar por Ele como Filho de Deus, mas mostravam abertamente os seus sentimentos de piedade para com Ele. Jesus reparou. Embora apreciasse a sua simpatia, a Sua maior preocupação era o futuro delas. Onde é que elas estariam por toda a eternidade? UCD 47 1 Chegados ao lugar da execução, os três prisioneiros foram amarrados aos seus instrumentos de tortura. Os dois ladrões resistiram e foram amarrados à cruz pela força, mas Jesus não ofereceu resistência alguma. Maria, ajudada por João, observava, esperando que, de alguma maneira, Jesus demonstrasse o Seu poder e Se libertasse. Ao mesmo tempo, vieram-lhe à mente as Suas palavras que descreviam precisamente a cena que ela agora testemunhava. UCD 47 2 A mente de Maria fervilhava de perguntas. Deixaria o seu Filho, que tinha ressuscitado os mortos, que O crucificassem? Teria ela que deixar de acreditar que Ele era o Messias? Haveria alguma maneira de ela conseguir chegar até Ele e dar-Lhe algum conforto? Ela observou cada fase do cruel processo até que viu os soldados pegarem nas Suas mãos e atravessarem- nas com pregos. Nesse momento ela desmaiou e teve de ser levada dali. UCD 47 3 Ao longo de toda a crise Jesus nunca pronunciou um queixume. Só sussurrou esta oração cheia de compaixão: "pai, perdoa-lhes, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM" (LUCAS 23:34). A oração que Ele fez nesse dia incluía todas as pessoas do mundo, desde a criação até ao fim do tempo. Todos somos culpados da crucificação de Jesus, mas Jesus oferece-nos perdão para podermos ter paz agora e reclamar a Sua promessa de vida eterna. UCD 47 4 Depois de pregarem Jesus à Sua cruz, os soldados levantaram-na e deixaram-na cair violentamente no seu lugar. Isso causou a Jesus a mais intensa agonia física. Pregaram, por cima da Sua cabeça, uma placa que dizia, em Hebreu, Grego e Latim: "Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus". Providencialmente, graças a essa placa, milhares de visitantes vindos de países vizinhos a Jerusalém para a festa da Páscoa ouviram pela primeira vez a verdade acerca de Jesus.72 UCD 48 1 Num pequeno gesto de humanidade, os soldados romanos tinham autorização para darem às vítimas de crucificação uma droga para diminuir um pouco a sua dor lancinante. Mas quando a ofereceram a Jesus Ele provou-a e recusou-a. Não permitiria que a Sua mente fosse embotada desse modo. A Sua mente devia manter-Se alerta para encontrar força para manter-se apegada a Deus pela fé. UCD 48 2 O ridículo continuou enquanto o dia chegava ao fim. Os líderes religiosos uniram-se à multidão em zombar de Jesus, com palavras cruéis: "Se és filho de Deus, desce da cruz"; "Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se" (Mateus 27:40, 42). Os seus escárneos continham uma cruel verdade - Jesus podia ter descido da cruz, mas se o tivesse feito e se tivesse salvo a Si mesmo, não podia ter salvo pecadores. UCD 48 3 No meio da Sua agonia, Jesus encontrou ânimo numa breve conversa, iniciada por um pedido feito pelo ladrão arrependido ao Seu lado. Quando os soldados amarraram os ladrões às suas cruzes, os dois tinham ridicularizado Jesus, mas com o passar das horas, deu-se uma mudança num deles. Este homem não era um criminoso endurecido. Na sua vida passada tinha visto o ministério de Jesus e tinha sido convencido pelo que ouvira. Mas essa convicção fora diminuída pelas acusações dos sacerdotes. Arrastado por uma má escolha de amigos, mergulhou numa vida de pecado que terminou na sua prisão, julgamento e condenação à morte. UCD 48 4 Embora a maior parte das pessoas da multidão presente no Calvário ridicularizasse Jesus, havia alguns que ouviam e recordavam as Suas palavras e actos de compaixão e tranquilamente defendiam-n'O. Ouvir falar essas pessoas, redespertou no ladrão a sua antiga convicção. Voltando-se para o outro ladrão, perguntou: "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?" Os ladrões moribundos não tinham mais nada a recear dos seres humanos, mas que dizer de Deus e do juízo? O ladrão arrependido disse que eles estavam a receber os resultados das suas vidas de criminosos, mas olhando para Jesus, exclamou: "Este homem não fez nenhum mal" (Lucas 23:41). UCD 48 5 Quanto mais o ladrão pensava nisso, mais as suas dúvidas desapareciam. Lembrou-se de tudo o que tinha ouvido acerca de Jesus, lembrou-se daqueles que tinham sido curados, daqueles cujos pecados Ele tinha perdoado. Olhou para os amigos de Jesus, que choravam ali em baixo, leu a placa colocada por cima da cabeça de Jesus e, pouco a pouco, o Espírito Santo uniu uma série de evidências. Reconheceu em Jesus o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Numa estranha mistura de esperança e temor, o ladrão dirigiu-se a Jesus e suplicou: "Jesus, lembra-Te de mim quando vieres no Teu reino" (verse 42). Instantaneamente, ouviu esta espantosa certeza: "ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO" (VERSO 43). UCD 49 1 Quando Jesus olhou também para a multidão abaixo de Si, reparou na Sua mãe e em João. Sentindo que o fim de Jesus se aproximava, João tinha voltado a trazê-la para junto da cruz. Ao aproximar-Se da morte, Jesus pensou nas necessidades da Sua mãe. Olhando para o seu rosto ferido pela dor, e depois para João, Ele disse-lhe a ela: "Este é o teu filho". Depois, a João disse: "Esta é a tua mãe!" João percebeu perfeitamente o significado dessas palavras, e levou Maria para sua casa, onde cuidou dela pelo resto da vida. UCD 49 2 Enquanto carregava o terrível peso da culpa do mundo, Jesus estava privado da presença do Seu Pai. Essa terrível privação no momento de profunda angústia que Ele estava a atravessar, trespassou o Seu coração com uma tristeza que nenhum coração humano pode compreender. A dor da separação do Seu Pai eclipsou até mesmo a Sua intensa dor física. Durante essas horas de solidão, Jesus temeu que o pecado fosse tão ofensivo para o Seu Pai que Eles ficassem separados para sempre. Por fim, essa percepção da intensa ira do Pai para com os pecados do mundo, que Jesus carregava como nosso Substituto, destroçou o Seu coração. Nesta experiência, Jesus sentiu a mesma angústia que todos os pecadores não arrependidos sentirão no fim do tempo, quando a misericórdia de Deus for retirada do mundo. UCD 49 3 Até o sol recusou presenciar essa trágica cena. Ao meio-dia, a escuridão envolveu a cruz durante mais ou menos três horas. Nessa escuridão assustadora, um relâmpago brilhava de vez em quando, iluminando a cruz e o Crucificado. Nestas estranhas e inexplicadas manifestações da Natureza, os líderes religiosos, os carrascos e a multidão torturadora imaginaram que tinha chegado o momento do seu castigo pelo que tinham feito. Então, por volta das 3 horas da tarde, ouviram Jesus clamar: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" (Mateus 27:46). UCD 50 1 Imaginem a cena. O Filho de Deus que não tem pecado, está suspenso, moribundo, numa cruz. As Suas costas estão rasgadas por ter sido chicoteado duas vezes. As Suas mãos, que se estendiam continuamente para abençoar outros, estão cravadas nas barras de madeira. Os Seus pés, que tinham caminhado infatigavelmente em missões de amor, também estão cravados. A Sua fronte real está perfurada pelos espinhos que formam uma coroa de escárneo. E Ele tudo sofre sem a presença fortalecedora do Seu Pai. Nunca esqueçamos que foi por nós que Jesus consentiu em suportar esse fardo incrível de culpa! Ele morreu para vos abrir as portas do Paraíso! UCD 50 2 Depois, nessa ensanguentada tarde de Sexta-feira, ouviu- se uma voz vinda da cruz do centro. De forma perfeitamente clara, que todos no Calvário puderam ouvir, Jesus anunciou: "Está consumado" (João 19:30). Ele acrescentou: "Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito" (Lucas 23:46). Nesse momento uma luz forte rodeou a cruz, e o rosto de Jesus brilhou com o fulgor do sol. Depois a Sua cabeça tombou... e Ele morreu.73 ------------------------Capítulo 11 -- Grandiosa Ressurreição UCD 51 1 "No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de MADRUGADA, SENDO AINDA ESCURO, E VIU QUE A PEDRA ESTAVA REMOVIDA. Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, A QUEM JESUS AMAVA, E DISSE-LHES: TIRARAM DO SEPULCRO O SENHOR, E NÃO SABEMOS ONDE O PUSERAM. SAIU, POIS, PEDRO E O OUTRO DISCÍPULO E FORAM AO SEPULCRO. AMBOS CORRIAM JUNTOS, MAS O OUTRO DISCÍPULO CORREU MAIS DEPRESSA DO QUE PEDRO E CHEGOU PRIMEIRO AO SEPULCRO; E, ABAIXANDO-SE, VIU OS LENÇÓIS DE LINHO; TODAVIA, NÃO ENTROU. ENTÃO, SIMÃO PEDRO, SEGUINDO-O, CHEGOU E ENTROU NO SEPULCRO. ELE TAMBÉM VIU os LENÇÓIS, E O LENÇO QUE ESTIVERA SOBRE A CABEÇA DE JESUS, E QUE NÃO ESTAVA COM OS LENÇÓIS, MAS DEIXADO NUM LUGAR À PARTE. ENTÃO, ENTROU TAMBÉM O OUTRO DISCÍPULO, QUE CHEGARA PRIMEIRO AO SEPULCRO, E VIU, E CREU. POIS AINDA NÃO TINHAM COMPREENDIDO A ESCRITURA, QUE ERA NECESSÁRIO QUE ELE RESSUSCITASSE DENTRE OS MORTOS. E VOLTARAM OS DISCÍPULOS OUTRA VEZ PARA CASA. MARIA, ENTRETANTO, PERMANECIA JUNTO À ENTRADA DO TÚMULO, CHORANDO. UCD 51 2 ENQUANTO CHORAVA, BAIXOU-SE, E OLHOU PARA DENTRO DO TÚMULO, E VIU DOIS ANJOS VESTIDOS DE BRANCO, SENTADOS ONDE O CORPO DE JESUS FORA POSTO, UM À CABECEIRA E OUTRO AOS PÉS. ENTÃO, ELES LHE PERGUNTARAM: MULHER, PORQUE CHORAS? ELA LHES RESPONDEU: PORQUE LEVARAM o MEU SENHOR, E NÃO SEI ONDE O PUSERAM. TENDO DITO ISTO, VOLTOU- SE PARA TRÁS E VIU JESUS EM PÉ, MAS NÃO RECONHECEU QUE ERA JESUS. PERGUNTOU-LHE JESUS: MULHER, PORQUE CHORAS? A QUEM PROCURAS? ELA, SUPONDO SER O JARDINEIRO, RESPONDEU: SENHOR, SE TU O TIRASTE, DIZE-ME ONDE O PUSESTE, E EU O LEVAREI. DISSE-LHE JESUS: MARIA! ELA, VOLTANDO-SE, LHE DISSE, EM HEBRAICO, RABONI (QUE QUER DIZER MESTRE)! RECOMENDOU-LHE JESUS: NÃO ME DETENHAS; PORQUE AINDA NÃO SUBI PARA MEU PAI, MAS VAI TER COM OS MEUS IRMÃOS E DIZE-LHES: SUBO PARA MEU PAI E VOSSO PAI, PARA MEU DEUS E VOSSO DEUS" (JOÃO 20:1-17). UCD 51 3 As horas da noite de Sábado passaram silenciosamente, até chegar a hora mais escura de todas, pouco antes da aurora. E durante todo esse tempo, Jesus esteve como prisioneiro da morte na sepultura. A grande pedra estava firmemente segura no seu lugar, o selo romano continuava intacto e a guarda romana continuava de serviço. De repente, um grande terramoto sacudiu a terra, ao aproximar-se um anjo vindo do Céu, rodeado pela glória de Deus. Todos os soldados caíram ao chão, como mortos. UCD 52 1 A guarda viu destruído o selo oficial romano colocado no túmulo, enquanto o anjo rolava a pesada pedra como se fosse um seixo. Depois, ouviram o anjo falar à entrada da gruta: "Filho de Deus, sai para fora! O Teu Pai te chama." Imediatamente Jesus Se levantou, saiu da sepultura e proclamou: "Eu sou a ressurreição e a vida." UCD 52 2 Durante o estremecer da terra, o resplendor do relâmpago e o rugido do trovão, os olhos dos soldados permaneceram cravados na face radiante de Cristo. Era este o mesmo que tinham visto agir como um prisioneiro que não opunha resistência na sala do julgamento diante de Pilatos e de Herodes? Era o mesmo para quem tinham feito uma coroa de espinhos? O mesmo cujas costas tinham sido laceradas com um chicote? O mesmo que tinham cravado na cruz? O mesmo que tinham ridicularizado? O mesmo que os sacerdotes tinham escarnecido, abanando as suas cabeças e dizendo: "Salvou outros, mas não pode salvar-se a si mesmo" (Mateus 27:42)?74 UCD 52 3 Agora, espantados e atemorizados, sabiam que nada podia mantê-l'O prisioneiro da morte. Ainda que tivessem amontoado montanhas e montanhas sobre a Sua sepultura, ainda assim Ele teria saído com vida! UCD 52 4 Quando a glória dos anjos se desvaneceu com os primeiros alvores da aurora, os soldados lutaram para pôr-se de pé, cambaleando como ébrios, e dirigiram-se para Jerusalém, contando a notícia a todas as pessoas que encontravam. Enquanto se dirigiam a Pilatos, o relato chegou às autoridades judaicas, e os principais sacerdotes mandaram chamar os soldados à sua presença primeiro. UCD 52 5 Ainda trémulos devido aos acontecimentos na sepultura, com os rostos ainda sem cor, os guardas romanos testemunhavam de forma convincente de que Jesus tinha sido ressus citado dos mortos. Contaram toda a história exactamente como a tinham testemunhado. Não tinha havido nem tempo nem motivação para contar outra coisa senão a verdade. Enquanto os sacerdotes ouviam, os seus rostos cobriram-se com a palidez da morte. Caifás tentou falar. Os seus lábios moviam-se, mas não havia som algum. Finalmente, quando os soldados se preparavam para sair, Caifás recobrou a voz e disse: "Esperem! Não contem a ninguém o que viram." UCD 53 1 Então os sacerdotes inventaram uma mentira para os soldados. "Digam que os Seus discípulos vieram durante a noite e roubaram o corpo enquanto vocês dormiam." Que mentira incrível! Se os soldados estivessem adormecidos quando os discípulos roubassem o corpo, como é que eles poderiam sabê-lo? E se os discípulos tivessem roubado o Seu corpo, certamente os sacerdotes seriam os primeiros a condená-los! Os soldados ficaram horrorizados com a ideia de trazerem sobre si mesmos a acusação de dormirem em serviço. Esse era um crime pelo qual podiam ter de pagar com as próprias vidas. Para acalmar os soldados, os sacerdotes prometeram-lhes protecção e dinheiro se seguissem as suas instruções.75 UCD 53 2 Voltando ao túmulo no jardim, nesse Domingo de manhã muito cedo, as mulheres dirigiram-se ao sepulcro, levando consigo especiarias para ungir o corpo de Jesus. A ideia de que Ele podia ter ressuscitado dos mortos não entrara nas suas mentes. Ao aproximarem-se do jardim, perguntavam umas às outras quem afastaria a grande pedra que bloqueava a entrada. Elas sabiam que não podiam. Então sentiram a terra a começar a tremer sob os seus pés e viram o céu iluminado com glória. Quando chegaram ao túmulo, a pedra já tinha sido movida, e não encontraram nenhum corpo no interior. UCD 53 3 Maria Madalena, que tinha chegado primeiro, não perdeu tempo e correu a contar aos discípulos. Momentos mais tarde, quando as outras mulheres chegaram, sentiram que não estavam sozinhas. Olhando ao redor, viram alguém sentado junto ao túmulo. Era o anjo que tinha afastado a pedra. UCD 53 4 O brilho que rodeava o anjo assustou-as, e voltaram-se para se irem embora. As palavras do anjo fizeram-nas parar. "Não temam; sei que buscais a Jesus. Não está aqui! Está vivo! Venham ver o lugar onde estava o Seu corpo. Depois, vão depressa contar aos Seus discípulos." UCD 54 1 Só então é que as mulheres se lembraram das Suas palavras acerca da ressurreição, e compreenderam que não precisavam das dispendiosas especiarias e unguentos que tinham trazido. UCD 54 2 Maria, não tendo ouvido a notícia da ressurreição de Jesus, chegou junto de Pedro e João antes das outras mulheres e contou a notícia chocante de que alguém tinha levado o corpo de Jesus. Assim, os três correram de volta para o túmulo e confirmaram o que Maria lhes tinha dito. Viram ali a mortalha, mas nem sinal de Jesus. UCD 54 3 Quando Pedro e João deixaram o túmulo e voltaram para Jerusalém, Maria deixou-se ficar para trás, esmagada pela dor e perguntando-se quem poderia dizer-lhe o que tinha acontecido ao corpo de Jesus. UCD 54 4 No meio desta perplexidade, com os olhos cheios de lágrimas, ela ouviu uma voz que perguntava: "Porque choras? A quem procuras?" (João 20:15).76 UCD 54 5 Através das suas lágrimas, Maria podia ver uma figura e pensou que fosse o jardineiro. Ela pediu: "Se levaste o corpo, diz-me onde o puseste." Maria receava que o jardineiro pudesse ter pensado que a sepultura daquele homem rico era demasiado honrosa para alguém crucificado como um criminoso. Se fosse esse o caso, ela encontraria um lugar adequado. A sua mente foi imediatamente para o túmulo onde ela e a sua irmã tinham sepultado Lázaro antes de Jesus o ressuscitar dos mortos. UCD 54 6 Então Jesus dirigiu-Se a ela de novo, desta vez pelo seu nome: "Maria!" UCD 54 7 Instantaneamente, ela percebeu que aquele não era o jardineiro - era o ressuscitado Jesus! Por um instante, ela esqueceu que Ele tinha sido crucificado, e correu para abraçar-Lhe os pés, exclamando: "Mestre!" UCD 54 8 Jesus levantou a Sua mão e disse: "Agora não. Tenho de subir para o Meu Pai. Vai ter com os Meus discípulos e diz-lhes que vou para o Meu Pai, vosso pai; Meu Deus, vosso Deus." UCD 55 1 Maria partiu rapidamente, para partilhar essa mensagem incrível.77 UCD 55 2 Enquanto Jesus permanecia na sepultura, Satanás esperava que Jesus não voltasse a viver. Na Sexta-feira à tarde Satanás tinha reclamado como seu o corpo do Senhor e tinha colocado os seus anjos de guarda ao túmulo. Sentiu-se amargamente furioso quando o anjo do Céu chegou no Domingo de manhã e afugentou os seus anjos! Quando Satanás viu Jesus sair da sepultura vivo, soube que o seu reino estava condenado e que, finalmente, morreria. UCD 55 3 Os sacerdotes tornaram-se os instrumentos de Satanás quando planearam a morte de Jesus, e no Domingo de manhã ainda estavam totalmente submetidos ao seu poder. Quando ouviram o relato da ressurreição, tiveram medo da reacção do povo e sentiram que as suas próprias vidas corriam perigo. A sua única esperança era tentar fazer Jesus passar por impostor e negar a Sua ressurreição. Assim, subornaram os soldados, garantiram o silêncio de Pilatos e espalharam as suas mentiras o mais possível. UCD 55 4 Mas havia algumas testemunhas que eles não podiam silenciar. Muitas pessoas tinham ouvido o espantoso relato dos soldados quando iam a caminho da cidade. Também havia outros que tinham sido ressuscitados dos mortos ao mesmo tempo que Jesus. Depois, o próprio Jesus apareceu a alguns, confirmando que estava vivo. Por isso, desde esse dia, o maior medo dos sacerdotes era que eles mesmos pudessem um dia vir a encontrar Jesus cara a cara. UCD 55 5 Assim como se tinham cumprido as palavras de Jesus acerca da Sua morte, cumpriam-se agora as Suas palavras acerca da Sua ressurreição. Ele tinha dito aos Seus discípulos: "Dou a MINHA VIDA PARA VOLTAR A TOMÁ-LA... TENHO PODER PARA A DAR, E PODER PARA A VOLTAR A TOMAR." E aos sacerdotes Ele disse: "DESTRUÍ ESTE TEMPLO, E EM TRÊS DIAS O RECONSTRUIREI" (JOÃO 10:17, 18; 2:19). UCD 55 6 Fora do inutilizado túmulo de José de Arimateia, Jesus afirmou triunfante: "Eu sou a ressurreição e a vida". Só Deus podia pronunciar essas palavras. Todas as criaturas vivem pelo po der e vontade de Deus que os fez. Todos somos dependentes; todos somos recipientes da vida vinda de Deus. Só Ele podia dizer, honestamente: "Tenho poder para dar a Minha vida, e poder para voltar a tomá-la." Na Sua divindade Jesus tinha demonstrado o Seu poder para quebrar os grilhões da morte. UCD 56 1 No momento da Sua ressurreição, Jesus ressuscitou muitas pessoas que estavam mortas. Eram pessoas que tinham trabalhado para Deus e que tinham dado as suas vidas para falarem a verdade a Seu respeito. O terramoto no momento da morte de Jesus tinha aberto essas sepulturas, e quando Jesus ressuscitou, elas também ressuscitaram. Durante o Seu ministério Jesus tinha ressuscitado mortos em mais de uma ocasião. Ressuscitou o filho da viúva de Naim, a filha do governador e Lázaro. Mas nenhum deles foi ressuscitado para sempre. Com o tempo, cada um deles morreu outra vez. Mas as pessoas que voltaram à vida no momento da ressurreição de Jesus, ressuscitaram para a imortalidade e ascenderam com Jesus na Sua ascensão, como troféus da Sua vitória sobre a morte e a sepultura. UCD 56 2 Para o crente, Jesus é a ressurreição e a vida. Ele disse: "Eu UCD 56 3 VIM PARA QUE TENHAM VIDA, E... A TENHAM EM ABUNDÂNCIA" (JOÃO 10:10). N'Ele, tudo o que foi perdido por causa do pecado será restaurado. A vida está n'Ele, e Ele voltará a dar vida a todos os que O escolherem como Salvador. Na verdade, no momento em que aceitamos Jesus, temos vida eterna. UCD 56 4 Referindo-Se à Santa Ceia, Ele disse: "Quem comer a minha CARNE E BEBER O MEU SANGUE TEM A VIDA ETERNA, E EU O RESSUSCITAREI no último dia" (João 6:54). Para o Cristão a morte é um sono, um período de repouso. Todos os amigos de Jesus estão em segurança sob os Seus cuidados, e quando Ele voltar estarão com Ele para sempre na Sua glória. UCD 56 5 No último dia a voz de Jesus será ouvida desde o céu. Penetrará nas sepulturas e abri-las-á, e aqueles que "dormem em Jesus" sairão para a vida. Na Sua ressurreição, só umas poucas sepulturas foram abertas, mas na Sua Segunda Vinda todos os Seus amigos que dormem ouvirão a Sua voz, e res suscitarão para a vida e a imortalidade.78 UCD 57 1 A promessa da Segunda Vinda de Jesus permaneceu fresca na mente dos discípulos toda a sua vida. Eles sabiam que o mesmo Jesus que tinham visto subir para o Céu, voltaria. A mesma voz que tinha dito: "Estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:20) lhes daria um dia as boas- vindas no reino dos Céus.79 UCD 57 2 Agora os discípulos compreendiam o trabalho que lhes tinha sido ordenado que fizessem. Sabiam que deviam partilhar as verdades que Jesus lhes tinha ensinado. Deviam contar a história da vida de Jesus, da Sua morte e ressurreição, os mistérios da salvação e o poder de Deus para perdoar pecados. Através do poder do Espírito Santo eles partilhariam esses temas por toda a parte.80 ------------------------Capítulo 12 -- Como Lidar Com Dúvidas e Confusão UCD 58 1 Nunca fiques ansioso sobre se estás salvo ou não. Ao tornares-te tu mesmo o centro dessa questão os teus pensamentos centrar-se-ão em ti mesmo e afastar-se-ão de Jesus. Depois de Lhe teres entregue a tua vida, confia n'Ele, fala-Lhe, pensa n'Ele. Elimina todas as dúvidas e temores do teu espírito. Eis como. UCD 58 2 Particularmente os jovens são perseguidos pelas dúvidas. Isso tem muitas causas. Por exemplo, não conseguem entender algumas coisas na Bíblia e perguntam-se se algum dia irão entender. Pode parecer que eles são incapazes de ultrapassar essas dúvidas. Aqui vai alguma coisa a que agarrar-se: Deus nunca pede a uma pessoa que acredite em alguma coisa sem dar provas suficientes para fundamentar a fé da pessoa. A Sua existência, o Seu carácter, a veracidade da Bíblia tudo isto pode ser aceite através da evidência razoável que Ele proporciona. Deus não elimina a possibilidade da dúvida, porque Ele quer que tenhamos fé. Qualquer pessoa que queira duvidar, vai encontrar razões para o fazer. Do mesmo modo, todos os que, querem realmente saber o que é verdade encontrarão muitas evidências sobre as quais basear a sua fé. As nossas mentes são finitas, e é-nos impossível compreender o que é infinito. A mente mais brilhante, a pessoa mais culta, sempre enfrentarão um mistério ao estudar Deus. A Palavra de Deus tem muitos mistérios que nunca compreenderemos: como é que o pecado entrou no mundo, como é que Jesus veio à Terra como um homem, como é que Ele foi ressuscitado dos mortos, como é que somos salvos. Tudo isto são mistérios que estão para além da nossa compreensão total. Mas isso não é razão para descrer neles! Não conseguimos compreender a vida no mundo físico, mesmo as formas mais simples, deveremos então ficar surpreendidos de encontrarmos mistérios no mundo espiritual que não podemos sondar? UCD 59 1 Os cépticos gostam de dizer que as muitas coisas que não entendemos nas Escrituras são um bom argumento contra a sua aceitação como Palavra de Deus. Mas podemos argumentar com a mesma paixão que esses mistérios são o argumento mais persuasivo da sua origem divina. E, paradoxalmente, mostra-nos o caminho para sermos salvos com uma simplicidade que qualquer pessoa que decide compreender pode compreender. Quanto mais estudamos a Bíblia, mais profunda é a nossa convicção de que estas são honestamente as palavras de Deus. UCD 59 2 Todos nós vamos à Bíblia com uma certa quantidade de orgulho, e é humilhante perceber que estamos perante algumas coisas que não podemos compreender, não importa quão intensamente estudemos. É plano de Deus que as verdades da Sua Palavra se tornem cada vez mais claras para nós ao lê-las. Eis como isso acontece. Ele deu-nos o Seu Espírito para guiar os nossos pensamentos enquanto lemos a Bíblia. Pouco antes da Sua crucificação, Ele disse aos Seus discípulos que lhes enviaria o Espírito, para os guiar no seu conhecimento da verdade. Ele disse: "Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele VOS GUIARÁ EM TODA A VERDADE... ELE RECEBERÁ DO QUE É MEU E VO-LO HÁ-DE anunciar" (João 16:13, 14). A tua compreensão começa quando estudas a Palavra, guiado pelo Espírito, utilizando os poderes da razão e da compreensão, dados por Deus. Por isso abre o livro com reverência, é a Palavra de Deus. Ora pedindo a orientação do Espírito, e verás que te afastas das dúvidas. UCD 59 3 Mas e se, apesar de tudo isso, a dúvida continua a perseguir-te? Então será apropriado perguntar-te a ti mesmo se o teu crescente conhecimento e compreensão de Deus está a interferir com alguma coisa que gostas de fazer, mas que começas a compreender que não é parte da vontade de Deus para ti. Se isso for verdade, toma a decisão de considerares a tua relação com Jesus mais importante do que qualquer parte da tua antiga maneira de viver. A Bíblia faz este convite: "Provai e vede que o Senhor é bom" (Salmo 34:8). Por isso continua a "provar" e descobre a bênção. Recorda as palavras de Jesus: "Pedi e recebereis" (João 16:24). Jesus quer que sejas feliz! UCD 60 1 Ao passares da morte para a vida serás capaz de dizer: "Precisei de ajuda, e encontrei-a em Jesus. Ele satisfez a fome da minha alma, e agora a Bíblia revela-me Jesus." Pela fé podemos imaginar a eternidade e agarrar-nos à promessa de Deus de nos dar mais capacidade intelectual quando o Espírito Santo possui a nossa humanidade. Em breve, tudo o que nos causou perplexidade nas providências de Deus será explicado. Como Paulo escreveu à igreja em Corinto: "Agora vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço EM PARTE; ENTÃO, CONHECEREI COMO TAMBÉM SOU CONHECIDO" (1 CORÍNTIOS 13:12).81 UCD 60 2 (Para leitura adicional sobre este assunto, recomendamos O Desejado de Todas as Nações, Aos Pés de Cristo, A História da Redenção e Os Actos dos Apóstolos.) Pensa no Seguinte UCD 60 3 1. Porque é que Deus nos quer salvar? UCD 60 4 2. Para quem foi realizado o primeiro milagre de Jesus? UCD 60 5 3. Porque é que o pai do pródigo pôs o seu próprio casaco nas costas do filho? UCD 60 6 4. Mateus e o jovem rico receberam ambos convites para seguir Jesus. Em quê eram semelhantes as suas circunstâncias? Em quê eram diferentes? Porque é que achas que Mateus aceitou o convite de Jesus e o jovem rico não? UCD 60 7 5. O que é que podemos aprender da história do semeador acerca do ensino eficaz? Qual é a única maneira de "darmos fruto"? UCD 60 8 6. Quais são algumas das condições para termos resposta às orações? UCD 60 9 7. Qual é a base do perdão que recebemos de Deus? ------------------------Capítulo 13 -- Relacionamentos O Encontro de Um Jovem Com Ellen White ... acerca de Relacionamentos UCD 63 1 Eu estava envolvida num relacionamento que não era conecto. Algumas coisas "não são muito claras", mas há alturas em que sabemos realmente que uma coisa está errada. Eu tinha a convicção de que o meu recente relacionamento com o meu namorado era "definitivamente errado". Sim, ele era cristão, e até tive alguns amigos que me disseram que estávamos bem um para o outro. Mas bem cá dentro eu sabia que não era para isto que Deus me estava a conduzir. UCD 63 2 Havia outras dicas, também, como o facto de as pessoas que me eram mais chegadas - a minha família e os amigos de longa data - não aprovarem. Eles sentiam (como eu sentia, mas não admitia diante deles) que não era o plano de Deus que eu me envolvesse nesse relacionamento. Estupidamente, dei ouvidos àqueles que me diziam o que eu queria ouvir, porque era isso que eu queria. Não abandonei Deus. Continuei a orar e a enganar-me a mim mesma com a ideia de que essa era a Sua vontade, mesmo sabendo eu que não era, porque pensava que aquilo era "amor verdadeiro". UCD 63 3 Durante este mesmo período de tempo, eu estava a fazer um curso sobre casamento e psicologia familiar numa das universidades Adventistas do Sétimo Dia. Dois dos livros que o professor usou foram O Lar Adventista e Mensagens aos Jovens. Era a primeira vez que lia estes livros na totalidade. Em cada página que eu virava, convencia-me da verdade que eu já conhecia. Fui obrigada a olhar para além do nosso relacionamento de namoro e de todas as pieguices românticas que me agradavam para aquilo que era realmente importante. Este relacionamento era para a glória de Deus? Não. Podia responder a isso muito facilmente. UCD 63 4 Vou ser honesta. Nunca pretendi que as coisas seguissem o caminho que seguiram. Sabem como é fácil, quando se está "apaixonado" por alguém, deixar que o vosso relacionamento físico vá mais longe do que queriam. UCD 63 5 Jurei que nunca o faria. Mesmo quando não há relações sexuais, pode- se muito facilmente ir além do que é puro e santo quando estamos juntos. Ellen White sabia isso. Foi por essa razão que, ao ler as suas mensagens, a minha consciência foi espicaçada. Ela não evitou palavras que tinham que ser ditas, como, por exemplo: "Não sejam dissimulados", "Não ignorem os conselhos dos vossos pais", "Não sejam impudicos, impuros ou imorais", e "Fora de controlo". UCD 64 1 Antes eu talvez me risse ou pensasse que, de alguma forma, eu era "mais forte" do que a tentação, mas acabei por me encontrar em pecado. Deus disse-me mais uma vez através da senhora White que a minha relação física tinha ido longe de mais. Através dela Ele também me disse que ainda me ama e que quer ajudar-me a recomeçar. UCD 64 2 Os escritos que Deus deu através da Sua profetisa nunca estarão em desuso, ainda que pareçam difíceis de obedecer plenamente ou, por vezes, até pouco práticos. Sei, por experiência, que é difícil pôr em prática as orientações de Deus, mas Ele oferece-nos força. É fácil ler essas promessas - ou até dizê-las - mas quando estamos aí, nesse relacionamento, o que é que fazemos? Lemos uma coisa, ficamos convencidos, e depois? UCD 64 3 Embora tenha errado muitas vezes, a coisa que me levou à vitória neste relacionamento (já o terminei) foi ouvir, e depois fazer uma escolha. Um princípio prático que descobri ao ler os conselhos de Ellen White sobre relacionamentos é: Não fiquem juntos sozinhos à noite. É fácil racionalizar, mas afinal Deus falou-me através de Ellen White e através da Sua Palavra acerca de coisas que deviam ter lugar para pôr este relacionamento sob o Seu controlo. UCD 64 4 Não importa o que faça a sociedade, sempre é aplicável a sabedoria de honrar a Deus nos nossos relacionamentos através da prática da pureza. O conselho de Ellen White sobre relacionamentos ajudou-me finalmente a ver isso. Silvia, 21 anos O Encontro de Um Jovem Com Ellen White ... acerca de Relacionamentos UCD 64 5 Estava eu no meu primeiro ano na faculdade quando o amor da minha vida me disse que já não sentia nada por mim. O meu coração ficou destroçado. Tinha a certeza que nunca ninguém tinha sofrido como eu, e nunca ninguém o faria no futuro. Ainda estava em convalescença de uma recente hospitalização e lutava com as notas e com a escolha de uma carreira. Deus parecia muito distante. UCD 64 6 Uma noite, totalmente desanimada, sentei-me à minha secretária, pronta para chorar, quando a minha mão, apoiada na minha garganta, sentiu o pulsar constante do meu coração. Imediatamente me veio à mente uma citação minha favorita de Ellen White: "Cada respiração, cada pulsar DO CORAÇÃO É UMA PROVA DAQUELE CUIDADO QUE TUDO PENETRA, POR PARTE D'AQUELE EM QUEM 'VIVEMOS, E NOS MOVEMOS, E EXISTIMOS'" (ACTOS 17:28).82 UCD 65 1 Por um momento, fiquei sentada, maravilhada, sentindo as minhas pulsações e ouvindo "amo-te, amo-te, amo-te" sussurrado sob os meus dedos pelo Deus do universo, sabendo que era amada. UCD 65 2 O meu namorado não voltou, e ainda tive que lutar com a doença, mas sabia, sem sombra de dúvida, que pelo menos não estava a enfrentar as dificuldades sozinha. Ana, 30 anos O Encontro de Um Jovem Com Ellen White ... acerca de Relacionamentos UCD 65 3 Desde os meus 12 anos que penso no sexo oposto, passando horas a falar com as minhas amigas acerca da pessoa por quem estava perdida de amores no momento. Mas até começar a ler Ellen White, não compreendi plenamente o alto ideal de Deus para o namoro e o casamento. Li Mensagens aos Jovens quando um amigo mo recomendou, e percebi quão incorrecta era a minha perspectiva de um relacionamento romântico. Uma disciplina que tratava do casamento e família, que tive no liceu, exigiu que lesse os princípios de Ellen White no que respeita a relacionamentos e cimentou o meu desejo de seguir o plano de Deus quanto aos padrões de namoro. UCD 65 4 Em consequência, estou extremamente grata a Deus pelas mensagens que deu a Ellen White, que me ajudaram a fazer escolhas morais que produzem paz, não remorso. UCD 65 5 Ellen White influenciou especialmente os meus relacionamentos ao longo de toda a faculdade, na medida em que entreguei a Deus a minha futura vida sentimental. Estou agora a namorar seriamente o homem mais maravilhoso, e o livro Cartas aos Jovens Namorados tem sido de valor incalculável para mim na avaliação do nosso relacionamento. Como diz Ellen White, posso olhar para trás e ver Deus a escolher por mim, e a levar-nos, ao meu namorado e a mim, para mais perto d'Ele e um do outro. Temos sido muito encorajados pelas sugestões da senhora White, encontrando claramente em Deus um conselheiro seguro, e nos nossos pais maravilhosos confidentes e conselheiros. UCD 65 6 Estou a ler ideias nos livros de Ellen White sobre o que uma mulher deve procurar num marido e o verdadeiro amor que Ele promete entretecer nos nossos corações, e estou a descobrir que Deus está a realizar a Sua Palavra cada vez mais na minha vida. Louvo a Deus por me falar através das palavras sábias de Ellen White sobre relacionamentos. Encontro uma alegria intensa em seguir para onde Ele me leva. Raquel, 23 anos O Encontro de Um Jovem Com Ellen White ... acerca de Relacionamentos UCD 66 1 Estou em divida para com Deus pelas Suas mensagens para mim através da Sua santa Palavra e dos escritos da senhora White, e para com a minha família pelos seus conselhos na área dos relacionamentos românticos. Em Patriarcas e Profetas, no capitulo intitulado "O casamento de Isaque", a senhora White revela o princípio que tem produzido tanta alegria e plenitude no meu próprio relacionamento. Qual é esse princípio? Isaque acreditava que o próprio Deus dirigiria a escolha da sua futura esposa. A sua confiança simples é a minha inspiração e o meu exemplo. UCD 66 2 Nos meus primeiros anos de namoro, eu teria sido mais sensato se seguisse o exemplo de Isaque de confiança nos seus pais em relação à sua futura esposa. Mas as suas orações em meu favor deram fruto quando Deus usou os meus erros para me fazer compreender que devia por completamente nas Suas mãos as esperanças e sonhos do meu relacionamento. UCD 66 3 Deus está a ensinar-me através dos Seus princípios bíblicos e nos escritos da senhora White relativos ao tema da minha futura esposa e da importância que tem ambos estarem totalmente entregues a Ele. Devido à nossa incondicional entrega a Ele, e à nossa fé de que Ele próprio está a dirigir todas as nossas escolhas. A minha namorada e eu deliciamo-nos em buscar juntos princípios de relacionamento, tanto na Bíblia como nos escritos de Ellen White. A confiança que estamos a aprender a ter ao vermos a providência e a direcção de Deus, permitiu que sentíssemos cada vez mais alegria na liberdade e na pureza da Sua santa Lei. UCD 66 4 Os escritos de Ellen White têm sido uma valiosa luz orientadora na formação da minha "filosofia dos relacionamentos." Ricardo, 23 anos Escritura UCD 66 5 O AMOR É PACIENTE, É BENIGNO; O AMOR NÃO ARDE EM CIÚMES, NÃO SE UFANA, NÃO SE ENSOBERBECE, NÃO SE CONDUZ INCONVENIENTEMENTE; NÃO PROCURA OS SEUS INTERESSES, NÃO SE EXASPERA, NÃO SE RESSENTE DO MAL; NÃO SE ALEGRA COM A INJUSTIÇA, MAS REGOZIJA-SE COM A VERDADE; TUDO SOFRE, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA, TUDO SUPORTA. O AMOR JAMAIS ACABA; MAS HAVENDO PROFECIAS, DESAPARECERÃO; HAVENDO LÍNGUAS, CESSARÃO; HAVENDO CIÊNCIA, PASSARÁ (1 CORÍNTIOS 13:4-8). UCD 67 1 O QUE ACHA UMA ESPOSA ACHA O BEM E ALCANÇOU A BENEVOLÊNCIA DO SENHOR (PROVÉRBIOS 18:22). UCD 67 2 NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL COM OS INCRÉDULOS; PORQUANTO QUE SOCIEDADE PODE HAVER ENTRE A JUSTIÇA E A INJUSTIÇA? OU QUE COMUNHÃO, DA LUZ COM AS TREVAS? (2 CORÍNTIOS 6:14). UCD 67 3 Pois ESTA É A VONTADE DE DEUS: A VOSSA SANTIFICAÇÃO, QUE VOS ABSTENHAIS DA PROSTITUIÇÃO; QUE CADA UM DE VOS SAIBA POSSUIR O PRÓPRIO CORPO EM SANTIFICAÇÃO E HONRA, NÃO COM O DESEJO DE LASCÍVIA, COMO OS GENTIOS QUE NÃO CONHECEM A DEUS... PORQUANTO DEUS NÃO NOS CHAMOU PARA A IMPUREZA, E SIM PARA A SANTIFICAÇÃO. (1 TESSALONICENSES 4:3-7). UCD 67 4 ANDEMOS DIGNAMENTE, COMO EM PLENO DIA, NÃO EM ORGIAS E BEBEDICES, NÃO EM IMPUDICÍCIAS E DISSOLUÇÕES, NÃO EM CONTENDAS E CIÚMES; MAS REVESTI-VOS DO SENHOR JESUS CRISTO E NADA DISPONHAIS PARA A CARNE NO TOCANTE ÀS SUAS CONCUPISCÊNCIAS (ROMANOS 13:13, 14). UCD 67 5 BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE ELES VERÃO A DEUS UCD 67 6 (MATEUS 5:8). UCD 67 7 PORQUE O TEU CRIADOR É O TEU MARIDO; O SENHOR DOS EXÉRCITOS É O SEU NOME; E O SANTO DE ISRAEL É O TEU REDENTOR (ISAÍAS 54:5). UCD 67 8 ASSIM VOLTARÃO OS RESGATADOS DO SENHOR E VIRÃO A SIÃO COM JÚBILO, E PERPÉTUA ALEGRIA LHES COROARÁ A CABEÇA; O REGOZIJO E A ALEGRIA OS ALCANÇARÃO, E DELES FUGIRÃO A DOR E O GEMIDO (ISAÍAS 51:11). Carta 51 de Ellen G. White, 1894 UCD 67 9 Norfolk Villa, Prospect Street Granville, Nova Gales do Sul, Austrália, 9 de Agosto de 1894 UCD 67 10 Querida Nellie, Estou grata a Deus por amares a verdade e por amares Jesus. Estou desejosa de que tu orientes o teu caminho para a frente e para cima, de maneira a alcançares o padrão de carácter cristão que é revelado na Palavra de Deus. Que a Palavra de Deus seja o teu guia para que em tudo possas ser moldada em conduta e carácter de acordo com as suas exigências. UCD 67 11 És propriedade do Senhor, Ele criou-te e redimiu-te. Podes ser uma luz no teu lar e uma influência positiva. Quando a verdade de Deus está no coração, a sua influência salvadora será sentida por todos em casa. Tens uma sagrada responsabilidade, que requer que mantenhas a tua alma pura consagrando-te a ti mesma para seres totalmente do Senhor. UCD 67 12 Os teus amigos, que são totalmente opostos às coisas espirituais, não estão sob a direcção de Cristo mas sob a bandeira negra do príncipe das trevas. Associares-te com aqueles que não respeitam nem amam Deus - a menos que te associes com eles com o objectivo de os ganhar para Jesus - será um prejuízo para a tua espiritualidade. Se não consegues mudar as suas atitudes, a sua influência corromperá e manchará a tua própria fé. É bom ser amável com estas pessoas, mas não é bom para ti tentar continuamente estar com eles e fazer as coisas que eles fazem; porque se escolheres a atmosfera que os rodeia, perderás a companhia de Jesus. UCD 68 1 Com a luz que o Senhor me tem dado, aviso-te que corres o perigo de seres enganada pelo inimigo. Corres o perigo de escolheres o teu próprio caminho e de não seguires o conselho de Deus e de não andares em obediência à Sua vontade. O Deus Santo deu normas para orientação de todas as pessoas de maneira que nenhuma precisa de errar no seu caminho. Essas orientações significam tudo para nós, porque formam o padrão a que cada filho e filha de Adão deve conformar-se. UCD 68 2 Estás a tornar-te adulta, e se buscares Jesus, crescerás em graça, tornar-te-ás mais sábia pela tua experiência, e ao avançares da luz para mais luz serás mais feliz. Recorda que a tua vida pertence a Jesus, e que não deves viver para ti mesma. UCD 68 3 Evita aqueles que são irreverentes. Evita os preguiçosos, evita os que zombam das coisas sagradas. Evita ter amizades íntimas com aqueles que usam blasfémias ou que estão habituados a um só copo de álcool que seja. Não aceites as propostas de um homem que não tem qualquer noção das suas responsabilidades para com Deus. A pura verdade que te separa para um santo propósito dar-te-á coragem para te libertares até de um homem bonito e carinhoso, que tu sabes que não ama nem respeita Deus e que não sabe nada acerca dos princípios da verdadeira forma correcta de agir. Devemos ser sempre pacientes com as falhas de um amigo e com a sua ignorância, mas nunca com os seus hábitos degradantes. UCD 68 4 Tem cuidado em cada passo que dás; precisas de Jesus a cada passo. A tua vida é demasiado preciosa para ser tratada como sendo de pouco valor. O Calvário dá-te testemunho do quanto vales. Consulta a Palavra para saberes como deves viver a tua vida que foi comprada para ti por um preço imenso. Como filha de Deus, só te é permitido casar no Senhor. Certifica- te de não estares a seguir apenas o teu próprio coração, mas faz escolhas baseadas no teu respeito por Deus. UCD 68 5 Se os crentes se associam com os descrentes com o propósito de os ganhar para Cristo, darão testemunho por Cristo, e depois afastar-se-ão para poderem respirar de novo numa pura e santa atmosfera. Quando estás com descrentes, lembra-te que és uma representante de Jesus Cristo, não uses linguagem baixa e superficial nem participes em conversas ordinárias. UCD 69 1 Tem em conta o valor de cada pessoa. Lembra-te que é teu privilégio e dever trabalhar juntamente com Deus de todas as maneiras possíveis. Não deves baixar-te a ti mesma até ao mesmo nível dos descrentes, e brincares e rires com conversas rudes ou baixas. UCD 69 2 O Senhor ajudar-te-á e, se confiares n'Ele, elevar-te-á a um alto padrão. Através da graça de Cristo podes fazer um uso correcto dos teus dons espirituais e tornar-te agente do bem na conquista de pessoas para Jesus. Cada talento que tens deve ser usado do lado correcto. UCD 69 3 Minha querida jovem amiga, escrevi-te porque te amo, e suplico-te que ouças as minhas palavras. Tenho mais coisas para te escrever, logo que tenha tempo. Com amor cristão, Ellen White. Carta 23 de Ellen G. White, 1886 UCD 69 4 Great Grimsby, England, 23 de Setembro de 1886. UCD 69 5 Prezado Rolf: Enquanto estive em Basileia, conversei algumas vezes com a Edite, a respeito das tuas atenções para com ela. Perguntei-lhe se ela tinha a certeza de te amar o suficiente para casar contigo. Respondeu-me que não tinha muita certeza. Disse-lhe que devia ter realmente a certeza do que estava a fazer, que não devia de modo nenhum encorajar as atenções de um rapaz, mostrando-lhe a sua preferência, a não ser que o amasse... UCD 69 6 Disse-lhe que ela devia ter em conta o objectivo de um casamento contigo, se com esse passo os dois poderem glorificar a Deus, se forem mais espirituais, e se as vossas vidas forem mais úteis. Os casamentos que são planeados de forma impulsiva e egoísta geralmente não dão bom resultado, muitas vezes resultam em tristes fracassos. UCD 69 7 Eu tinha razão ao pensar que ela não aprecia as tarefas caseiras, e sei que deves ter uma esposa que possa tornar feliz o teu lar. Perguntei-lhe se ela tinha alguma experiência na gestão de um lar. Fiz-lhe estas perguntas porque me tinha sido mostrado que ela precisava de educação especial nos deveres práticos da vida, mas que não tinha realmente qualquer interesse nessas coisas. UCD 69 8 Bem, Rolf, não posso dizer que seja minha responsabilidade dizer-te que não deves casar com a Edite, mas devo dizer que me preocupo contigo. Eis algumas coisas que devem ser tidas em conta: A pessoa com quem vais casar trará felicidade à sua casa? A Edite é financeiramente estável, ou será que, se ela casar, vai usar não só tudo o que ela ganhar mas também todo o teu ordenado para satisfazer a vaidade, o amor pelas aparências? Os princípios dela são correctos neste assunto? UCD 70 1 Penso que a Edite não sabe o que é a negação de si mesma. Se ela tiver oportunidade, achará maneiras de até gastar mais dinheiro do que o que ganha. No caso dela, o gasto egoísta nunca foi vencido, e essa auto-indulgência natural tornou-se parte da sua vida. Ela só pensa em passar um bocado de tempo agradável e divertido. UCD 70 2 Devo falar abertamente. Sei, Rolf, que se casares com ela terás companhia mas não uma pessoa à tua altura. Faltaria alguma coisa na pessoa que pretendes tornar tua companheira para toda a vida. E no que respeita à devoção cristã e à vida espiritual, elas nunca podem crescer onde um egoísmo possui totalmente a alma. UCD 70 3 Estou a escrever-te, Rolf, como escreveria ao meu filho. Há um trabalho grande e importante à nossa frente, e o papel que vamos desempenhar neste mundo depende totalmente dos nossos alvos e propósitos na vida. Podemos estar a seguir os impulsos. Tens qualidades que podem tornar- te um homem útil, mas se apenas seguires as tuas inclinações, essa forte corrente de obstinação arrastar-te-á. Estabelece um alvo elevado, e foca a tua acção em alcançá-lo. UCD 70 4 Que o teu principal objectivo seja crescer até seres um homem completo em Cristo Jesus. Em Cristo podes ter a coragem para fazer a diferença, sem Cristo não podes fazer nada do que devias fazer. Sê determinado na concretização dos teus objectivos. Essa não é uma característica objectável no teu carácter, se todas as tuas capacidades estiverem submetidas a Deus. Por favor, pensa no seguinte: não tens a liberdade de ser um namorado impulsivo. Cristo comprou-te por um preço infinito. Tu és Sua propriedade, e em todos os teus planos deves ter isto em mente. UCD 70 5 Especialmente nos teus planos de casamento, tem o cuidado de escolher uma companheira que esteja ao teu lado no crescimento espiritual. UCD 70 6 Rolf, quero que penses em tudo isto. Deus te ajude a orar por este assunto. Anjos observam esta luta. Deixo estas coisas nas tuas mãos para que penses e decidas por ti mesmo. Ellen White UCD 70 7 (Para leitura suplementar sobre este assunto, recomendamos Mensagens aos Jovens, Cartas aos Jovens Namorados e O Lar Adventista.) Pensa No Seguinte UCD 71 1 1. Quais as duas ou três necessidades básicas humanas que são satisfeitas pelo relacionamento de um casamento cristão? UCD 71 2 2. Identifica vários princípios bíblicos que devem orientar a escolha de um companheiro para a vida. UCD 71 3 3. O que pensas que significa ter "uma companhia, mas não uma pessoa à altura"? (Ver pág. 70) UCD 71 4 4. Como é que a decisão de manter a pureza sexual antes do casamento aumenta a felicidade pessoal depois? ------------------------Capítulo 14 -- Saúde O Encontro de um Jovem com Ellen White ... sobre Saúde UCD 72 1 Dá-se muita atenção à saúde actualmente. Vocês já viram - muitas dietas, exercício físico, alimentos saudáveis. Homens e mulheres tentam pôr-se em forma. Há programas complicados por toda a parte, mas já me apercebi que ter saúde é realmente muito simples. Não quero dizer que usar toda a vossa força de vontade para resistir àquele bocado de bolo de chocolate é fácil, mas os princípios que estão por detrás de tudo isso são-no. Sei que há pessoas com necessidades de saúde especiais, mas para a maioria de nós o que comemos e o que fazemos determinam o nosso bem-estar. UCD 72 2 Já era vegetariana há mais de três anos quando comecei o meu primeiro ano na faculdade. Também comecei a ler A Ciência do Bom Viver, e descobri que era realmente interessante. Esse livro diz precisamente o mesmo que a comunidade de saúde pública actualmente! No lugar onde vivo, dá- se muita atenção à saúde. Parecia-me uma ironia estar a ler um livro sobre saúde que foi escrito há mais de 100 anos mas que apresenta as mesmas orientações básicas que as revistas modernas. UCD 72 3 Comecei a seguir o estilo de vida vegan (vegetariano estrito) e aumentei o meu exercício físico, a quantidade de água que bebia, e o meu tempo com Deus. No espaço do primeiro semestre, não só me sentia melhor fisicamente (e com menos esses 12 kg, que tinha a mais), mas mais ligada espiritualmente. Quando resistia ao meu apetite, sentia que era mais forte contra a tentação. Assim, porque o meu cérebro já não estava obscurecido por uma alimentação rica em açúcar e gordura, descobri que podia ouvir mais claramente a voz de Deus. UCD 72 4 Os conselhos de Ellen White fizeram uma diferença visível, tangível na minha saúde e aparência exterior. Mais importante, praticar esses conselhos fortaleceu o meu relacionamento com o meu Salvador. Tânia, 21 anos O Encontro de um Jovem com Ellen White ... sobre Saúde UCD 72 5 Eu cresci sendo vegetariana, mas ainda assim nem sempre fazia escolhas saudáveis. Embora a minha família sempre tenha tido um regime alimentar saudável, eu aproveitava todas as oportunidades que tinha para comer às escondidas sobremesas e doces. Mas tive aulas sobre Daniel na faculdade e foi-me pedido que lesse os conselhos de Ellen White sobre regime alimentar, repouso, exercício e saúde, para compreender melhor o exemplo de Daniel. UCD 73 1 Comecei a compreender que, embora fosse vegetariana, não vivia de acordo com a informação que tinha sobre estilo de vida saudável. Eliminei os lacticínios, os alimentos refinados e a maior parte do açúcar. Dentro de pouco tempo senti-me uma nova pessoa e conseguia lembrar-me muito mais facilmente do que estudava. Também comecei um programa regular de exercício físico, tentei dormir mais, e bebi mais água. Ainda hoje me admiro de ficar doente tão poucas vezes, de ter tanta energia e de estudar de forma tão eficaz em comparação com os anos anteriores da minha vida. UCD 73 2 Outro aspecto da saúde mental que Ellen White me chamou a atenção foi a confiança em Deus. Sou uma atormentada nata, e as dúvidas e temores dominavam habitualmente os meus pensamentos e orações. Mas Deus continua a mudar o meu coração lenta e imperceptivelmente, muitas vezes através dos escritos de Ellen White. Ela recorda-me que a minha confiança deve estar no Deus Omnipotente, que deseja dar-me paz e que quer que eu saiba o quanto Ele Se preocupa com cada pormenor da minha vida. Uma das minhas citações favoritas é tirada de Em Lugares Celestiais: "Educai-vos a ter ilimitada confiança em Deus".85 Desejo fazer isso dia após dia, e ao longo de toda a minha vida, como a parte mais importante do meu bem-estar. Rute, 21 anos O Encontro de um Jovem com Ellen White ... sobre Saúde UCD 73 3 Nos últimos quatro Verões trabalhei como conselheiro ou director de Desbravadores num acampamento de jovens Adventistas do Sétimo Dia. Procuro constantemente os melhores materiais para usar nas minhas meditações à noite, com os campistas. A Bíblia e os escritos de Ellen White têm sido a minha matéria-prima. Uso extensamente esses mesmos escritos para adquirir conhecimentos sobre disciplina, para minha meditação pessoal e para responder a perguntas feitas por rapazes de várias idades. UCD 73 4 No Verão passado, ao procurar material devocional ideal, o meu pensamento voltou-se para o livro de Ellen White A Vida Santificada, especialmente para as historias que ela contava de Daniel e dos seus amigos hebreus em Babilónia. Agora adoptei o regime alimentar de Génesis 1:29 e dou muita importância aos alimentos integrais, não refinados, ao uso de muito pouco açúcar, a dormir bastante e à água. Uma vez que essas decisões têm sido tão benéficas nos aspectos físico, mental, emocional e espiritual da minha vida, eu queria partilhar com os meus campistas a inspiração para, e os potenciais benefícios de, tais mudanças. UCD 74 1 Cada semana eu demonstrava os meus hábitos de saúde aos meus campistas não comendo fritos, doces, e outros alimentos não saudáveis e sim fruta, vegetais e cereais. Os "meus" rapazes sabiam o valor que eu atribuía ao sono, à água, à higiene e aos hábitos saudáveis através da minha constante interacção com eles e da observação das opções do meu estilo de vida. Isso levou-os a bombardearem-me com perguntas relativas aos benefícios para a saúde ou às capacidades de uma variedade de alimentos e de hábitos. Em contrapartida, os momentos de culto sobre Daniel e os seus amigos permitiram-me partilhar os princípios bíblicos que estavam por detrás das minhas acções e escolhas. Os escritos de Ellen White sobre estes assuntos abriram a minha mente para os benefícios do bem-estar, e tenho tido o privilégio de passar a outros essa riqueza! Bruno, 23 anos Escrituras UCD 74 2 DISSE O REI A ASPENAZ, CHEFE DOS SEUS EUNUCOS, QUE TROUXESSE ALGUNS DOS FILHOS DE ISRAEL, TANTO DA LINHAGEM REAL COMO DOS NOBRES, JOVENS SEM NENHUM DEFEITO, DE BOA APARÊNCIA, INSTRUÍDOS EM TODA A SABEDORIA, DOUTOS EM CIÊNCIA, VERSADOS NO CONHECIMENTO E QUE FOSSEM COMPETENTES PARA ASSISTIREM NO PALÁCIO DO REI E LHES ENSINASSE A CULTURA E A LÍNGUA DOS CALDEUS. DETERMINOU-LHES O REI A RAÇÃO DIÁRIA, DAS FINAS IGUARIAS DA MESA REAL E DO VINHO QUE ELE BEBIA, E QUE ASSIM FOSSEM MANTIDOS POR TRÊS ANOS, AO CABO DOS QUAIS ASSISTIRIAM DIANTE DO REI. ENTRE ELES SE ACHAVAM, DOS FILHOS DE JUDÁ, DANIEL, HANANIAS, MISAEL E AZARIAS. O CHEFE DOS EUNUCOS LHES PÔS OUTROS NOMES, A SABER: A DANIEL O DE BELTESSAZAR; A HANANIAS, O DE SADRAQUE; A MISAEL, o DE MESAQUE; E A AZARIAS, O DE ABEDE-NEGO. RESOLVEU DANIEL, FIRMEMENTE, NÃO CONTAMINAR-SE COM AS FINAS IGUARIAS DO REI, NEM COM O VINHO QUE ELE BEBIA; ENTÃO PEDIU AO CHEFE DOS EUNUCOS QUE LHE PERMITISSE NÃO CONTAMINAR-SE. ORA, DEUS CONCEDEU A DANIEL MISERICÓRDIA E COMPREENSÃO DA PARTE DO CHEFE DOS EUNUCOS. DISSE O CHEFE DOS EUNUCOS A DANIEL: TENHO MEDO DO MEU SENHOR, O REI, QUE DETERMINOU A VOSSA COMIDA E A VOSSA BEBIDA; PORQUE, POIS, VERIA ELE O VOSSO ROSTO MAIS ABATIDO DO QUE OS DOS OUTROS JOVENS DA VOSSA IDADE? ASSIM, PORÍEIS EM PERIGO A MINHA CABEÇA PARA COM O REI" (DANIEL 1:3-10). UCD 74 3 "EXPERIMENTA, PEÇO-TE, OS TEUS SERVOS DEZ DIAS; E QUE SE NOS DÊEM LEGUMES A COMER E ÁGUA A BEBER. ENTÃO SE VEJA DIANTE DE Tl A NOSSA APARÊNCIA E A DOS JOVENS QUE COMEM DAS FINAS IGUARIAS DO REI; E, SEGUNDO VIRES, AGE COM OS TEUS SERVOS." UCD 75 1 ELE ATENDEU E OS EXPERIMENTOU DEZ DIAS. NO FIM DOS DEZ DIAS, A SUA APARÊNCIA ERA MELHOR; ESTAVAM ELES MAIS ROBUSTOS DO QUE TODOS OS JOVENS QUE COMIAM DAS FINAS IGUARIAS DO REI. COM ISTO, O COZINHEIRO- CHEFE TIROU DELES AS FINAS IGUARIAS E O VINHO QUE DEVIAM BEBER E LHES DAVA LEGUMES. ORA, A ESTES QUATRO JOVENS DEUS DEU O CONHECIMENTO E A INTELIGÊNCIA EM TODA A CULTURA E SABEDORIA; MAS A DANIEL DEU INTELIGÊNCIA DE TODAS AS VISÕES E SONHOS. UCD 75 2 VENCIDO O TEMPO DETERMINADO PELO REI PARA QUE OS TROUXESSEM, O CHEFE DOS EUNUCOS OS TROUXE À PRESENÇA DE NABUCODONOSOR. ENTÃO, O REI FALOU COM ELES; E, ENTRE TODOS, NÃO FORAM ACHADOS OUTROS COMO DANIEL, HANANIAS, MISAEL E AZARIAS; POR ISSO, PASSARAM A ASSISTIR DIANTE DO REI. EM TODA A MATÉRIA DE SABEDORIA E DE INTELIGÊNCIA QUE O REI LHES FEZ PERGUNTAS, OS ACHOU DEZ VEZES MAIS DOUTOS QUE TODOS OS MAGOS E ENCANTADORES QUE HAVIA EM TODO O SEU REINO (VERSOS 12- 20). UCD 75 3 AMADO, DESEJO QUE TE VÁ BEM EM TODAS AS COISAS, E QUE TENHAS SAÚDE, ASSIM COMO BEM VAI À TUA ALMA (3 JOÃO 1:2). UCD 75 4 ACASO NÃO SABEIS QUE O VOSSO CORPO É SANTUÁRIO DO ESPÍRITO SANTO, QUE ESTÁ EM VÓS, O QUAL TENDES DA PARTE DE DEUS, E QUE NÃO SOIS DE vós MESMOS? PORQUE FOSTES COMPRADOS POR PREÇO. GLORIFICAI, POIS, A DEUS NO VOSSO CORPO (1 CORÍNTIOS 6:19, 20). UCD 75 5 PORTANTO, QUER COMAIS, QUER BEBAIS OU FAÇAIS OUTRA COISA QUALQUER, FAZEI TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS (1 CORÍNTIOS 10:31). UCD 75 6 Entre os israelitas, que foram levados como prisioneiros de guerra para Babilónia, havia homens e mulheres que eram tão fiéis aos princípios como o aço, não corrompidos pelo egoísmo mas dispostos a honrar a Deus mesmo com perda de tudo. Na terra do seu cativeiro, essas pessoas deviam realizar o propósito de Deus mostrando às nações pagãs os benefícios que vêm de conhecer Deus. Deviam ser Seus representantes. Nunca deviam comprometer a sua fé. Nos bons e maus momentos eles honraram a Deus, e Deus honrou-os. UCD 75 7 Daniel e os seus três amigos ficaram firmes do lado de Deus - maravilhosos exemplos do que podem tornar-se os jovens quando se unem ao Deus de sabedoria e poder. Da comparativa simplicidade do seu lar judaico, esses jovens de linhagem real foram levados para a mais fabulosa das cidades e introduzidos na corte do maior monarca do mundo. UCD 76 1 Vendo um enorme potencial intelectual nesses jovens, Nabucodonosor decidiu que eles deviam ser educados para ocuparem importantes posições no seu reino. Para os preparar para as suas carreiras administrativas, ele fez arranjos para que aprendessem a língua dos caldeus, bem como para que entrassem no curso especial de três anos reservado para a realeza. UCD 76 2 Logo no início da sua formação de elite, sobreveio-lhes uma prova decisiva. Como garantia da aprovação do rei e do seu interesse pessoal no bem-estar deles, ele deu aos estudantes judeus comida e bebidas da sua própria mesa. Mas, dado que uma parte da refeição tinha sido oferecida aos ídolos, qualquer pessoa que a comesse seria reconhecida como respeitando os deuses de Babilónia. A lealdade a Jeová proibia Daniel e os seus amigos de honrarem um falso deus de qualquer maneira que fosse. Mesmo fingir comer a comida ou beber o vinho seria negar a sua fé. UCD 76 3 Além disso, estes jovens não ousaram arriscar-se a reduzir a vitalidade e a destruir a sua saúde física, mental e espiritual. Eles recordavam-se dos tristes resultados do hábito de beber de Nadab e Abiú, e não queriam danificar as suas próprias capacidades físicas e mentais, através do uso do vinho. UCD 76 4 Daniel e os seus amigos tinham vindo de lares em que os pais enfatizavam a abstinência do álcool. Tinham aprendido que Deus os consideraria responsáveis pelos seus talentos e capacidades, e não deviam nunca minar ou desperdiçar a sua força. Essa educação na infância ajudou Daniel e os seus amigos a fazerem boas escolhas, embora influências degradantes e fortes tentações estivessem ao seu redor na luxuosa e corrupta corte. Nenhuma força, nenhuma influência poderia afastá-los dos princípios que tinham aprendido antes através do estudo da Palavra e das obras de Deus. UCD 76 5 Se Daniel quisesse, certamente teria encontrado em torno de si uma desculpa para pôr de parte os seus hábitos de estrita temperança. Podia ter argumentado que, dado que estava dependente da aprovação do rei e sujeito ao seu poder, ele não tinha outra opção senão comer da comida do rei e beber do seu vinho. Se seguisse os ensinos de Deus ofenderia o rei e provavelmente perderia a sua posição, e até talvez a vida. Por outro lado, se ele ignorasse a ordem do Senhor, conservaria a aprovação do rei e garantiria uma carreira altamente bem sucedida. UCD 77 1 Mas Daniel não hesitou. A aprovação de Deus era para ele mais importante do que a aprovação do mais poderoso monarca terreno, mais importante do que a própria vida. Fosse qual fosse o resultado, ficaria firme. Ele "decidiu no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Daniel 1:8). Os seus três amigos apoiaram a sua decisão. UCD 77 2 Ao tomarem esta decisão, os jovens hebreus não agiram com arrogância. Confiaram totalmente em Deus. Não seguiram essa via para serem extravagantes, mas se era necessário ser diferente para honrar a Deus, estavam prontos a sê-lo. Se tivessem cedido ao mal nesta situação, por causa da pressão das circunstâncias, esse compromisso teria debilitado a sua noção de correcto e o seu ódio ao erro. O primeiro passo errado levaria a outros, até que a sua relação com o Céu tivesse sido destruída e eles fossem arrastados pela tentação.86 UCD 77 3 Daniel apelou para Aspenaz, o oficial encarregado dos jovens hebreus, pedindo-lhe que lhes fosse permitido não comer da comida do rei nem beber do seu vinho. Pediu que se fizesse uma experiência de dez dias com alimentos simples, enquanto que os outros cativos comiam os manjares reais. UCD 77 4 Aspenaz, embora temesse que aceitar este pedido pudesse provocar a ira do rei, concordou. Daniel sabia que o seu caso estava ganho! É evidente que, no fim da experiência de dez dias, o resultado foi precisamente o oposto do temido pelo oficial. Na aparência pessoal os jovens hebreus estavam com muito melhor aspecto e mais fortes do que os seus outros amigos. Como resultado, Daniel e os seus companheiros puderam continuar a sua alimentação simples durante todo o curso de formação. UCD 78 1 Durante três anos os jovens hebreus concentraram-se nos estudos caldeus. Durante este tempo, permaneceram leais a Deus e dependeram constantemente do Seu poder. Juntamente com a prática da autodisciplina, combinaram o estabelecimento de objectivos com a concentração e o trabalho duro. Não foi o orgulho nem a ambição que os levou até à corte do rei, à associação com aqueles que não conheciam ou não respeitavam Deus; eram prisioneiros de guerra num país estranho, ali colocados pela Eterna Sabedoria. Separados das influências do lar e dos amigos de orientação espiritual, tentavam conduzir-se com distinção para honra do seu país natal oprimido e para honra d'Aquele a quem serviam. UCD 78 2 O Senhor aprovou a firmeza, altruísmo, e motivação pura dos jovens hebreus e deu-lhes as Suas bênçãos. Deu conhecimento e capacidades em todos os aspectos da literatura e da ciência; mas a Daniel também deu entendimento em todas as visões e sonhos (Daniel 1:17). Cumpriu-se a promessa: "Aos que Me honram honrarei" (1 Samuel 2:30). Apegando-se Daniel a Deus com inamovível fé, o espírito de poder profético veio sobre ele. Enquanto Daniel aprendia com os seus professores os deveres da vida da corte, Deus estava a ensinar-lhe a ler os mistérios do futuro e a registar acontecimentos que cobrem a história deste mundo até ao fim do tempo. UCD 78 3 Nos exames feitos no fim do período de formação, os hebreus foram testados para serem colocados no serviço do governo. Mas "entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias" (Daniel 1:19). A sua aguda compreensão, o seu vasto conhecimento, a sua linguagem escolhida e clara, davam testemunho da inalterada força e vigor das suas faculdades mentais. "Em toda a matéria de sabedoria e de inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes MAIS SÁBIOS DO QUE TODOS OS MAGOS E ENCANTADORES QUE HAVIA EM TODO O SEU REINO" (Daniel 1:20). UCD 78 4 Sendo estudantes brilhantes e representando todos os países, os jovens mais talentosos, altamente inteligentes e culturalmente educados do mundo não podiam comparar-se com os jovens hebreus. Eram os mais fortes, os mais belos, os mais inteligentes e os de mais rápida memória - estavam no topo, testemunhas vivas do estilo de vida saudável. UCD 79 1 Embora os seus resultados nos exames fossem muito melhores do que os dos seus companheiros de estudos, o êxito académico de Daniel e dos seus amigos não foi obra do acaso. Eles tiveram êxito graças ao uso disciplinado das suas faculdades, sob a orientação do Espírito Santo. Eles decidiram ligar-se à Fonte de toda a sabedoria, tornando o conhecimento de Deus o fundamento da sua educação. Com fé, oraram por sabedoria, e viveram as suas orações. Puseram-se onde Deus podia abençoá-los, evitando tudo o que pudesse debilitar as suas capacidades e tirando partido de todas as oportunidades para aprender em todos os ramos do saber. Seguiram as regras da saúde, assegurando assim a força do seu intelecto. Procuraram obter conhecimento com um propósito: para que pudessem honrar a Deus. E o próprio Deus era o seu professor. Orando constantemente, estudando conscienciosamente e mantendo-se em contacto com o Invisível, andavam com Deus, como andou Enoque.87 UCD 79 2 Através da consistente prática dos princípios de saúde demonstrada pelos jovens hebreus, Deus fala à juventude de hoje. Onde estão os jovens rapazes e meninas que, como Daniel, agirão com ousadia pela causa do direito? São necessários corações puros, mãos fortes, coragem destemida. A luta entre o bem e o mal exige vigilância constante. Satanás ataca cada pessoa com tentações de muitas formas variadas e sedutoras para satisfazer o apetite. UCD 79 3 O corpo é o meio mais importante através do qual a mente e a alma se desenvolvem para a edificação do carácter. É por isso que o adversário, Satanás, dirige as suas tentações para enfraquecer e degradar as forças físicas. Se tiver êxito nessa tentativa, isso significa muitas vezes a submissão de todo o ser ao mal. As tendências da nossa natureza física, a menos que estejam sob o controlo de um poder superior, acabarão por produzir ruína e morte. O corpo deve ser disciplinado. As nossas paixões devem ser controladas por escolhas submetidas à vontade de Deus. A razão consagrada é rainha! O poder intelectual, a energia física e a longevidade dependem de leis imutáveis. Através da obediência a essas leis da saúde, os jovens podem vencer-se a si mesmos, vencer as suas inclinações e vencer os "PRÍNCIPES DAS TREVAS DESTE SÉCULO" (EFÉSIOS 6:12, KJV). UCD 80 1 O espírito de Daniel pode ser o espírito dos jovens hoje; podem beber na mesma fonte de poder, possuir o mesmo poder de autocontrolo e revelar a mesma graça na sua vida, mesmo sob circunstâncias igualmente desfavoráveis. Embora rodeados de tentações para satisfazerem o eu, especialmente nas nossas grandes cidades, onde todas as formas de satisfação sensual são fáceis e convidativas, os jovens podem resistir a todas as tentações. Mas a vitória só será obtida por aqueles que decidem fazer o que é correcto porque é correcto. UCD 80 2 Deus deseja revelar através de ti, hoje, as mesmas poderosas verdades que foram reveladas através desses jovens. A vida de Daniel e dos seus amigos é uma demonstração do que Ele fará por ti se O buscares de todo o teu coração.88 UCD 80 3 (Para leitura adicional sobre este assunto, recomendamos A Ciência do Bom Viver, Conselhos sobre o Regime Alimentar, Conselhos sobre Saúde e Temperança.) Pensa no Seguinte UCD 80 4 1. Quais são algumas vantagens do comer saudável para o cristão sério? UCD 80 5 2. Quais são as três coisas que poderias mudar no teu estilo de vida que poderiam resultar em mais paz na tua vida? UCD 80 6 3. Identifica algumas razões que levaram Daniel e os três príncipes a não comerem da comida de Nabucodonosor? UCD 80 7 4. Pensa em vários exemplos de situações da vida em que é apropriado "ousar ser como Daniel". Onde seria melhor comprometer-se? UCD 80 8 5. Que ralação há entre apetite, autocontrolo e carácter cristão? ------------------------Capítulo 15 -- Justiça Social Encontro de Um Jovem com Ellen White ... sobre Justiça Social UCD 81 1 Nunca pensei muito em Ellen G. White. Sabia que ela existia e que era altamente respeitada na nossa igreja. Tinha feito algumas leituras obrigatórias aqui e ali durante os meus anos de escola, mas nunca prestei realmente muita atenção a nenhuma delas até que encontrei a seguinte passagem: "O nosso Senhor Jesus Cristo veio a este mundo como o incansável servo da necessidade do homem. ... Veio para dar [aos homens] saúde e paz. ... Ninguém que ia a Ele voltava sem ser ajudado. ... O trabalho do Salvador não se restringia a nenhum lugar ou tempo. A Sua compaixão não tinha limites. ... Onde quer que houvesse corações prontos para receber a Sua mensagem, Ele confortava-os com a certeza do amor do seu Pai celeste. ... A Sua vida foi de constante abnegação. ... Jesus dedicava mais tempo a curar os doentes do que a pregar."89 UCD 81 2 Há dois anos comecei a trabalhar na Internet com adolescentes em crise. Algumas estão grávidas e solteiras e não sabem para onde voltar-se; outras estão em lares ou relacionamentos abusivos. Mas todas procuram alguém que se preocupe, alguém que lhes diga que no fim tudo correrá bem. E que melhor pessoa para mostrar isso do que Cristo? E que melhor lugar para ler como Ele ajudou as pessoas do que no livro A Ciência do Bom Viver? UCD 81 3 Os princípios do capítulo "Ajudando os Tentados" são muito importantes para o meu trabalho. Não consigo ajudar esses jovenzinhos apontando-lhes os seus erros. Não posso pregar-lhes e dizer-lhes o que fizeram de errado e atirá-los de novo para a rua. Eles precisam de alguém que lhes dê a certeza de que ainda há alguém que os ama e que eles ainda são importantes. E depois de ler A Ciência do Bom Viver, escrito por Ellen G. White, aprendi através do exemplo de Cristo, como é explicado no livro, a tratar melhor destes assuntos. Joana, 21 anos Escrituras UCD 81 4 PORVENTURA NÃO É ESTE O JEJUM QUE ESCOLHI: QUE SOLTES AS LIGADURAS DA IMPIEDADE, DESFAÇAS AS ATADURAS DA SERVIDÃO, DEIXES LIVRES os oprimidos e despedaces todo o jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará SEM DEMORA, A TUA JUSTIÇA IRÁ ADIANTE DE Tl, E A GLÓRIA DO SENHOR SERÁ A TUA RETAGUARDA (ISAÍAS 58:6-8). UCD 82 1 QUANDO O FILHO DO HOMEM VIER NA SUA GLÓRIA COM TODOS OS SEUS ANJOS, ESTARÁ SENTADO NO SEU TRONO MAJESTOSO E TODOS OS POVOS DA TERRA SE JUNTARÃO DIANTE d'Ele. ENTÃO ELE HÁ-DE SEPARÁ-LOS UNS DOS OUTROS, COMO O PASTOR SEPARA AS OVELHAS DAS CABRAS. PORÁ AS OVELHAS À SUA DIREITA, E AS CABRAS, À ESQUERDA. E DIRÁ AOS QUE ESTIVEREM À SUA DIREITA: VENHAM, ABENÇOADOS DE MEU PAI! VENHAM RECEBER POR HERANÇA O REINO QUE ESTÁ PREPARADO PARA VOCÊS DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO. PORQUE TIVE FOME, E VOCÊS DERAM-ME DE COMER, TIVE SEDE, E DERAM-ME DE BEBER, ERA ESTRANGEIRO, E HOSPEDARAM-ME, ESTAVA NU, E DERAM-ME DE VESTIR, ESTIVE DOENTE E VISITARAM-ME, ESTIVE NA CADEIA, E FORAM LÁ VER-ME. ENTÃO, OS JUSTOS HÃO-DE RESPONDER: SENHOR, QUANDO É QUE NÓS TE VIMOS COM FOME E TE DEMOS DE COMER, OU COM SEDE E TE DEMOS DE BEBER? QUANDO É QUE TE VIMOS COMO UM ESTRANHO E TE HOSPEDÁMOS, OU NU E TE DEMOS DE VESTIR? QUANDO É QUE NÓS TE VIMOS DOENTES OU NA CADEIA E TE FOMOS VISITAR? E O REI, LHES RESPONDERÁ: SAIBAM QUE, TODAS AS VEZES QUE FIZERAM ISTO A UM DESTES MEUS IRMÃOS MAIS PEQUENINOS, FOI A MIM que O FIZERAM. DEPOIS DIRÁ AOS QUE ESTIVEREM À SUA ESQUERDA: AFASTEM-SE DE MIM, MALDITOS, PARA O CASTIGO ETERNO, QUE FOI PREPARADO PARA O Diabo E OS SEUS ANJOS. PORQUE TIVE FOME, E VOCÊS NÃO ME DERAM DE COMER; TIVE SEDE, E NÃO ME DERAM DE BEBER, ERA PEREGRINO, NÃO ME DERAM HOSPITALIDADE; ANDAVA NU, E NÃO ME DERAM DE VESTIR, ESTIVE DOENTE E NA CADEIA, E NÃO ME VISITARAM. ESTES HÃO-DE PERGUNTAR TAMBÉM: SENHOR, QUANDO FOI QUE NÓS TE VIMOS COM FOME, OU COM SEDE, OU PEREGRINO, OU NU, OU DOENTE, OU NA CADEIA E NÃO CUIDÁMOS DE Tl? O REI ENTÃO, LHES HÁ-DE RESPONDER: SAIBAM TAMBÉM QUE, TODAS AS VEZES QUE DEIXARAM DE O FAZER A UM DESTES MEUS IRMÃOS MAIS PEQUENINOS, FOI A MIM QUE O DEIXARAM DE FAZER. ESTES SERÃO ENVIADOS PARA O CASTIGO ETERNO, ENQUANTO OS QUE FIZERAM O BEM IRÃO PARA A VIDA ETERNA" (MATEUS 25:31-46). (TIC) UCD 82 2 BEM-AVENTURADO O QUE ACODE AO NECESSITADO; O SENHOR O LIVRA NO DIA DO MAL (SALMO 41:1). UCD 82 3 FAZEI JUSTIÇA AO FRACO E AO ÓRFÃO, PROCEDEI RECTAMENTE PARA COM O AFLITO E O DESAMPARADO. SOCORREI O FRACO E O NECESSITADO; TIRAI-OS DAS MÃOS DOS ÍMPIOS (SALMO 82:3, 4). UCD 83 1 O QUE OPRIME O POBRE INSULTA O QUE O CRIOU, MAS A ESTE HONRA O QUE SE COMPADECE DO NECESSITADO (PROVÉRBIOS 14:31). UCD 83 2 QUEM SE COMPADECE DO POBRE AO SENHOR EMPRESTA, E ESTE LHE PAGA O seu benefício (Provérbios 19:17). UCD 83 3 Em Mateus 25 Jesus identifica-Se com o Seu povo sofredor. Jesus tem fome e sede. Jesus é um estrangeiro. Jesus precisa de roupas. Jesus está doente. Jesus está na prisão. Enquanto desfrutas de uma grande variedade de alimentos deliciosos, Jesus está a morrer à míngua, num barracão de trabalhadores de uma quinta não longe de ti. UCD 83 4 Jesus diz: "Quando me fechaste a tua porta na cara, estando vazios os teus quartos lindamente decorados, eu não tive um lugar para repousar a minha cabeça. Enquanto os teus armários estavam cheios de roupas e ornamentos dispendiosos e modernos, comprados com dinheiro que podia ter ajudado os necessitados, eu não tinha roupas confortáveis. Enquanto tu tinhas saúde, eu estava doente. Enquanto tu vagueavas em liberdade, a desventura lançou-me na prisão, desiludiu-me e estigmatizou-me, privando-me de liberdade e de esperança." UCD 83 5 Que solidariedade Jesus expressa entre Ele mesmo e os Seus filhos sofredores! Ele faz Seu o caso deles. A miséria deles é a Sua miséria. Notem bem, cristãos egoístas: Cada vez que um pobre necessitado, um sem abrigo, um órfão, um prisioneiro é negligenciado, Jesus é negligenciado.89 UCD 83 6 Quando racionaram o pequeno pedaço de pão ao pobre faminto, quando deram aquelas roupas puídas para os proteger do frio intenso, lembraram-se de que estavam a dar ao Senhor da glória? "Todos os dias da vossa vida estive perto de vocês na pessoa desses aflitos, mas vocês não Me procuraram. Não quiseram ser Meus amigos. Não vos conheço."91 UCD 83 7 Os pobres têm tanto direito a um lugar no mundo de Deus como os ricos. Os princípios exarados no livro de Levítico são dados pelo nosso misericordioso Criador para diminuir o sofrimento, para dar esperança e luz à vida dos oprimidos e indigentes. UCD 84 1 O Senhor diz Basta! ao desordenado amor aos bens e ao poder. Grande mal resulta da contínua acumulação de riqueza por uma classe e da pobreza e degradação da outra. Sem algum tipo de restrição, o poder dos ricos torna-se um monopólio, e os pobres, embora aos olhos de Deus tão plenamente dignos em todos os sentidos como os ricos, são considerados e tratados como inferiores aos mais prósperos. O sentimento dessa opressão desperta as paixões da classe mais pobre. Há um sentimento de aflição e desespero que desmoraliza a sociedade e abre a porta aos crimes de todos os tipos. As normas estabelecidas por Deus em Levítico destinavam-se a promover a igualdade social.92 UCD 84 2 A Palavra de Deus proíbe linhas de conduta que enriquecerão uma classe de pessoas através da opressão e sofrimento da outra classe. A pessoa que tira partido das desgraças de alguém para obter benefícios financeiros, ou que procura obter benefícios através da fraqueza ou incompetência de outra pessoa, quebra a lei de Deus.93 A sociedade abandona os pobres à miséria e degradação, não tendo em conta que muitos foram levados às profundezas da pobreza pela doença ou pelo infortúnio, muitas vezes devido às maquinações desonestas daqueles que vivem da rapina sobre os mais desafortunados.94 UCD 84 3 Há comunidades inteiras em que famílias vivem em habitações medíocres, com poucos utensílios e roupas, sem livros ou equipamento para trabalhar, destituídas tanto de conforto, como de comodidades e de meios de cultura. Essas famílias devem ser educadas no sentido de aproveitarem o potencial para melhorar. Como é que isto pode ser feito onde a pobreza predomina, onde hábitos e atitudes derrotistas de longa data têm de ser enfrentados a cada passo? Claro, esse trabalho é difícil. A necessária reforma nunca será feita a menos que homens e mulheres tenham a ajuda de um poder fora deles mesmos. Embora ajudando os pobres nas coisas temporais, mantenham sempre presentes as suas necessidades espirituais.95 É propósito de Deus que os ricos e os pobres se unam intimamente pelos laços da simpatia e da utilidade. Os que têm dinheiro, talento e habilidade devem usar esses dons para benefício da humanidade.96 UCD 85 1 A verdadeira caridade ajuda os homens e mulheres a ajudarem-se a si mesmos. Se alguém vos pede comida, não devem mandar essa pessoa embora. A verdadeira filantropia significa mais do que simples ofertas. Significa um genuíno interesse no bem-estar dos outros. Devemos tentar compreender as necessidades e ambiente dos pobres e aflitos e dar-lhes a ajuda que lhes seja mais benéfica. Dar tempo e pensamentos e esforço pessoal custa muito mais do que simplesmente dar dinheiro. Mas é a mais genuína caridade.97 UCD 85 2 Muitas vezes, o modo mais eficaz de ajudar os pobres é proporcionar-lhes educação em áreas práticas, dando-lhes a oportunidade de formação para uma actividade laborai, aulas de culinária e de finanças pessoais. Aqueles que aprendem a ganhar o que recebem, mais prontamente sentirão a responsabilidade financeira. Ao aprenderem a ser auto-suficientes, também ficam em condições humanas e técnicas de ajudar outros. Muitas pessoas que lutam financeiramente seriam beneficiadas se aprendessem gestão económica. Ensinem-lhes a importância de viverem de acordo com o potencial que Cristo dá a cada pessoa.98 UCD 85 3 Jesus procurava corrigir o falso padrão do mundo para avaliar os homens e mulheres. Ele pôs-Se do lado dos pobres para poder eliminar o estigma que levavam. Ele despiu a pobreza do preconceito ao abençoar os pobres e ao convidá-los para herdarem o Seu reino. Ele indica-nos o mesmo caminho que Ele trilhou, ao dizer: "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, UCD 85 4 DIA A DIA TOME A SUA CRUZ E SIGA-ME" (LUCAS 9:23).99 UCD 85 5 Todos estamos interligados na grande teia da humanidade, e seja o que for que possamos fazer para beneficiar e animar outros reflectir-se-á sob a forma de bênçãos sobre nós. A lei da dependência mútua passa por todas as classes da sociedade.100 UCD 85 6 Cada um de vocês pode encontrar alguma coisa a fazer pelos menos afortunados. "Os pobres sempre os tendes convosco", disse Jesus (João 12:8). Cada um de vocês pode encontrar oportunidades para ajudar. Milhões e milhões de seres humanos, a ponto de perecer, presos pelas cadeias da ignorância e do pecado, nunca ouviram dizer que Jesus os ama. Que sucederia se a situação deles fosse a nossa, e a nossa fosse a deles? Que gostaríamos que eles fizessem por nós? A resposta a essa pergunta é o que temos de fazer pelos outros. A norma de vida de Cristo, pela qual cada um de nós tem de ficar de pé ou cair no juízo, é: "Em todas as coisas, fazei aos outros o que quereis que ELES VOS FAÇAM" (Mateus 7:12).101 UCD 86 1 (Para leitura adicional sobre este assunto, recomendamos Obreiros Evan¬gélicos, A Ciência do Bom Viver e Beneficência Social.) Pensa No Seguinte UCD 86 2 Identifica várias coisas que podemos fazer por jovens que foram maltratados e que sofrem. UCD 86 3 1. Como sugeriu Jesus que podíamos ajudar aqueles que têm necessidades especiais? (Ver Mateus 25:31-46.) UCD 86 4 2. Caracteriza resumidamente vários princípios da "verda¬deira caridade". UCD 86 5 3. Se fosses pobre e indigente, o que é que esperarias mais dos outros? Indica, por ordem decrescente, as tuas três escolhas preferidas. UCD 86 6 4. No "grande dia do juízo", o que é que Cristo apresentará perante as nações como base da nossa salvação? ------------------------Capítulo 16 -- Carreiras O Encontro de um Jovem com Ellen White ... sobre Carreiras UCD 87 1 Ellen White aconselhava que qualquer mulher educada devia saber aparelhar um cavalo. Como é que uma mulher da época vitoriana, que viveu no virar do século dezanove, podia ajudar-me a escolher uma carreira na viragem do século vinte e um? Programadora informática, técnica de radiologia, piloto de helicóptero, conselheira de toxicodependência - muitas das minhas opções de carreira nem sequer existiam no seu tempo! UCD 87 2 Embora Ellen White não estivesse familiarizada com a tecnologia do século vinte e um, ela ajudou-me a compreender o significado cósmico da vida. A minha vida é importante para Deus. Ele quer que eu esteja no Céu com Ele. Ele precisa que eu decida fazer a Sua obra na Terra. UCD 87 3 Baseando-me nos conselhos e advertências de Ellen White, decidi que a minha missão - carreira, se faz favor - era ser ministro do evangelho em tudo o que fizesse. Quando as pessoas me perguntavam qual o curso que eu frequentava, eu respondia: "Sou estudante ministerial! Mais do que estudar acerca de Deus, quero aprendera trabalhar com, e para Ele!" UCD 87 4 Até hoje, Deus usou-me como preceptora de um dormitório de alunos, colportora, pastora de jovens e enfermeira qualificada. Tenho-me perguntado continuamente: "Como é que posso realizar este trabalho de maneira a fazer uma diferença eterna para mim ou para outros?" Só Deus sabe qual o trabalho que farei no futuro; mas através de Ellen White tenho esta segurança na minha carreira: "Tão seguramente como temos preparado o nosso lugar nas mansões celestiais temos um lugar especial designado para trabalharmos para Deus nesta Terra."102 Júlia, 24 anos O Encontro de um Jovem com Ellen White ... sobre Carreiras UCD 87 5 Na escola primária, a minha ambição era ser jogador numa equipa profissional de basquetebol, de futebol ou de basebol. Com o passar do tempo, compreendi que esse objectivo era um sonho e não a realidade. UCD 88 1 Quando, como adolescente, comecei a compreender o quanto Deus me amava como pessoa, quis conhecê-l'O como amigo pessoal. Tentei ler livros espirituais, mas achava-os aborrecidos. Uns anos mais tarde, voltei a pegar no livro Aos Pés de Cristo. E desta vez, ganhou vida. Deus começou a falar directamente ao meu coração, e eu queria partilhar o quanto Jesus representa para mim. UCD 88 2 Acredito que Deus usou Ellen White para me inspirar a crescer num relacionamento de amor com Cristo e a dedicar-Lhe a minha carreira. Compreendi que salvar pessoas para o reino de Jesus significa que Deus podia ajudar-me a confiar n'Ele e a amá-l'O mais profundamente. UCD 88 3 Neste momento sou um colportor estudante, mas quero ser uma testemunha, seja qual for a linha de actividade que finalmente venha a escolher. Só o fazer alguma coisa para ajudar outros me fiará verdadeiramente feliz. Não quero ser apanhado na ratoeira, porque o amor ao dinheiro me levará ao inferno. UCD 88 4 Ler acerca de Jesus no Desejado de Todas as Nações ajudou-me a decidir dedicar a minha vida ao ministério e ao evangelismo. UCD 88 5 Li um pedido de socorro em Lucas 10:2: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a Sua seara". Deus chama urgentemente jovens para trabalharem para Ele hoje! Eu escolho ir reunir pessoas preciosas para a colheita de Deus. Timóteo, 21 anos Escrituras UCD 88 6 CONFIA NO SENHOR DE TODO O TEU CORAÇÃO E NÃO TE ESTRIBES NO TEU PRÓPRIO ENTENDIMENTO. RECONHECE-O EM TODOS OS TEUS CAMINHOS, E ELE ENDIREITARÁ AS TUAS VEREDAS. NÃO SEJAS SÁBIO AOS TEUS PRÓPRIOS OLHOS; TEME AO SENHOR E APARTA-TE DO MAL (PROVÉRBIOS 3:5-7). UCD 88 7 EU É QUE SEI QUE PENSAMENTOS TENHO A VOSSO RESPEITO, DIZ O SENHOR; PENSAMENTOS DE PAZ E NÃO DE MAL, PARA VOS DAR O FIM QUE DESEJAIS (JEREMIAS 29:11). UCD 88 8 BUSCAI, POIS, EM PRIMEIRO LUGAR, O REINO DE DEUS E A SUA JUSTIÇA, E TODAS ESTAS COISAS VOS SERÃO ACRESCENTADAS (MATEUS 6:33). UCD 88 9 Pois QUE APROVEITARÁ O HOMEM SE GANHAR O MUNDO INTEIRO E PERDER A SUA ALMA? (MATEUS 1 6:26). UCD 88 10 IDE, PORTANTO, FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES, BAPTIZANDO-OS EM NOME DO PAI, E DO FILHO, E DO ESPÍRITO SANTO; ENSINANDO-OS A GUARDAR TODAS AS COISAS QUE VOS TENHO ORDENADO. E EIS QUE ESTOU CONVOSCO TODOS OS DIAS ATÉ À CONSUMAÇÃO DO SÉCULO (MATEUS 28:19, 20). UCD 89 1 E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO O MUNDO, PARA testemunho a todas as nações. Então VIRÁ o FIM (Mateus 24:14). UCD 89 2 Queridos jovens, qual é o objectivo e propósito da vossa vida? Ambicionam educação que vos dê prestígio e honra? Têm sonhos que nem sequer podem expressar - que um dia estarão no topo da grandeza intelectual? Têm esperança de um dia se sentarem como legisladores e ajudar a promover leis para a nação? Não há nada errado nessas aspirações. Cada um de vocês pode alcançar os seus objectivos. Não se contentem com a mediocridade. Tenham alvos elevados e esforcem- se por atingir o vosso alvo.103 UCD 89 3 O êxito em qualquer área requer um objectivo definido. Se querem ter verdadeiro êxito na vida, tenham alvos dignos dos vossos esforços. O mais elevado propósito para a vossa vida é dar o evangelho ao mundo nesta geração. Esse propósito abre oportunidades para todos cujo coração Jesus tocou. UCD 89 4 O propósito de Deus para vós é mais amplo, profundo e elevado do que a vossa limitada visão alguma vez imaginou! Deus muitas vezes pega em pessoas de confiança vindas de lugares inverosímeis para testemunharem por Ele nos lugares mais elevados do mundo. Muitos jovens de hoje, crescendo como Daniel no seu lar na Judeia, estudando a Palavra de Deus e as Suas obras, e aprendendo lições de responsabilidade, ainda se levantarão nas assembleias legislativas, nas salas dos tribunais e diante de reis, como testemunhas do Rei dos reis.104 UCD 89 5 A verdadeira educação não ignora o valor do conhecimento científico ou das realizações literárias; mas, acima da informação, dá valor ao poder; acima do poder, bondade; acima das realizações intelectuais, o carácter. O mundo não necessita tanto de pessoas com grande intelecto, mas sim com um grande carácter. O mundo precisa de jovens rapazes e meninas cujos talentos sejam controlados por princípios firmes.105 UCD 89 6 Qual é, então, a educação essencial para este tempo? A verdadeira educação envolve a preparação física, mental e moral que desenvolve todas as vossas capacidades ao máximo de maneira a poderem servir a Deus e trabalhar para benefício da humanidade. Procurar fama e reconhecimento separar-vos-ão do Espírito de Deus, privando-vos daquela graça que tornaria eficaz o vosso trabalho para Cristo.106 UCD 90 1 Os estudantes que exaltam a ciência acima do Deus da ciência serão ignorantes, ainda que pensem que são brilhantes. Se não conseguem pôr de lado tempo para orar, se não conseguem ter tempo para comunicar com Deus e reflectir sobre a Fonte da sabedoria, a vossa aprendizagem será desperdiçada.107 UCD 90 2 A escolha de carreira que Deus faz para nós é determinada pelas nossas capacidades. Nem todos têm as mesmas capacidades. Independentemente do vosso potencial académico, cada um de vocês deve apontar para tão alto quanto a vossa união com o poder divino vos permita alcançar.108 UCD 90 3 O amor e a lealdade a Jesus são a mola impulsora de todo o verdadeiro serviço. Quando o vosso coração for tocado pelo amor de Cristo, quererão trabalhar para Ele. Procurem maneiras de servir os pobres, os aflitos e os oprimidos. Como qualquer outro trabalho, as capacidades vêm na medida em que vocês realmente se envolvem no ministério e no serviço em favor dos infelizes. Sem um verdadeiro envolvimento e exposição às suas necessidades, mesmos esforços bem-intencionados podem ter resultados desastrosos. Afinal de contas, aprende-se a nadar na água, não em terra! UCD 90 4 A igreja está organizada para o serviço, e numa vida de serviço para Jesus a relação com a igreja é um dos primeiros passos. A lealdade a Cristo requer responsabilidade na execução das tarefas da igreja. Essa é uma parte importante da vossa educação, e uma igreja que reflecte a vida de Jesus levará directamente a ajudar um mundo que sofre. UCD 90 5 Há muitas maneiras de os jovens descobrirem oportunidades de servir outros. Organizem-se em pequenos grupos e procurem maneiras de servir a comunidade. Trabalhar juntos dar-vos-á um sentimento de unidade, de aceitação e ânimo. Os pais e professores podem ser os vossos orientadores, e vocês beneficiarão da sabedoria da sua experiência. UCD 91 1 Aprendam acerca das necessidades dos outros! Esse conhecimento desperta empatia, que é a base para um ministério eficaz. Ao tentarem aprender acerca das tremendas necessidades das pessoas nos países em desenvolvimento, vocês tornar-se-ão menos egocêntricos e mais capazes de simpatizar com a situação desesperada de milhões. Descubram tudo o que puderem sobre pessoas como o apóstolo Paulo, Martinho Lutero, Moffat, Livingston e Carey, assim como sobre os missionários pioneiros de hoje. UCD 91 2 Só Deus sabe a profundidade da miséria e desespero do mundo, e Ele sabe como produzir alívio. Por toda a parte, Ele vê pessoas que sofrem, esmagadas pelo pecado, pela tristeza e pela dor. Mas Ele também vê o seu potencial; vê as alturas que poderiam alcançar. Embora os seres humanos tenham feito mau uso das suas oportunidades, desperdiçado os seus talentos e perdido a sua dignidade semelhante à de Deus, o Criador será honrado ao serem resgatados.109 UCD 91 3 Milhares de jovens serão chamados para este ministério de resgate. O mundo inteiro está a abrir-se para o evangelho. De todos os lados, corações feridos pelo pecado clamam por conhecimento do Deus de amor. Milhões nunca ouviram falar de Deus nem do Seu amor. É seu direito receber esse conhecimento. Têm o mesmo direito à misericórdia do Salvador. Temos de responder ao seu clamor. Nesta crise, a pergunta feita à rainha Ester chega a cada lar, a cada escola, a cada estudante que desfrutam da luz do evangelho: "Quem sabe se para um tempo como este chegaste a ser rainha?" (Ester 4:14). UCD 91 4 Nenhuma área de trabalho pode ser mais benéfica para vocês do que ajudar os desfavorecidos. Nesse ministério, vocês são a mão ajudadora de Deus. Através de vocês, os anjos podem realizar a sua missão. Os anjos podem falar através da vossa voz e trabalhar através das vossas mãos. Ao cooperarem com esses seres celestiais, vocês recebem o benefício da sua educação e experiência. Que curso universitário pode igualar isto? UCD 91 5 Com um exército de obreiros como o que os nossos jovens, devidamente preparados, podem fornecer, quão rapidamente a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada a todo o mundo! Quão rapidamente poderia vir o fim - o fim do sofrimento, da tristeza e do pecado! Quão rapidamente, em vez das nossas vidas aqui, arruinadas pelo pecado e pela dor, poderíamos herdar o Céu, onde nunca mais se ouvirá a voz da lamentação.110 UCD 92 1 Então compreenderemos todas as perplexidades da nossa vida. Aquilo que parecia ser apenas confusão, desapontamento e frustração será visto como o lindo plano de Deus para nos dar a vitória afinal. Ali encontraremos de novo os nossos amigos. O amor e cuidado que Deus plantou nos nossos corações terá uma verdadeira e doce concretização. Visitar Deus, desfrutar da vida com os anjos e com os amigos de Deus de todos os tempos, experimentar os laços especiais da unidade - eis algumas das alegrias do Céu. UCD 92 2 Na nossa vida aqui, terrena, limitada pelo pecado como é, a maior alegria e a mais elevada educação estão no serviço. E na futura realidade, não refreada pelas limitações da humanidade pecadora, encontraremos a nossa maior alegria e elevada educação no serviço - no testemunho e na aprendizagem de ricos mistérios: Cristo em vós, a esperança de glória.111 UCD 92 3 (Para leitura adicional sobre este assunto recomendamos Educação; Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes; O Colportor Evangelista; Fundamentos de Educação Cristã; e Serviço Cristão.) Pensa no Seguinte UCD 92 4 1. Qual é a relação entre a escolha de uma carreira e a escolha de um ministério para Deus? UCD 92 5 2. É errado ter ambições? Porque sim, ou porque não? UCD 92 6 3. Quais os valores que estão associados à "verdadeira educação"? UCD 92 7 4. Como é que se pode "cooperar com Deus e com os anjos celestiais" para o bem de outros? UCD 92 8 5. O que é o "verdadeiro serviço" em favor de outros? ------------------------Capítulo 17 -- Autoridade das Escrituras O Encontro de Um Jovem com Ellen White ... sobre a Autoridade das Escrituras UCD 93 1 Em resumo, uma das principais razões que me levam a crer em Ellen White é que ela nunca põe os seus escritos acima da Bíblia. Pensem: Há igrejas e denominações hoje cujos ensinos e crenças dependem do seu fundador ou profeta, não da Bíblia. As coisas não são assim na igreja Adventista do Sétimo Dia. Ellen White sempre deixou claro que ela era a luz menor apontando para a luz maior da Palavra de Deus. Posso ver nos seus escritos que ela só procurava levar pessoas a Deus e não queria exaltar-se a si mesma acima da Bíblia nem chamar a atenção para si mesma. UCD 93 2 Jesus diz: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo" (João 12:32). Isso é o que vejo Ellen White fazer. Ela levanta Jesus e a Sua Palavra. Acredito que Deus enviou Ellen White como profeta para a nossa igreja. Neste momento, como bem sabem, nem todos os da minha idade acreditam na mensagem de Ellen White para os cristãos da actualidade. Eu até me arrisco a dizer que a maioria dos jovens adultos não a lê nem crê. UCD 93 3 Já passei por aí. Eu punha em dúvida porque é que os escritos desta mulher de há 100 anos atrás ainda se ajustam às nossas vidas hoje. A razão que me leva a dizer, de forma tão peremptória, que Ellen White tem valor como profeta dos tempos modernos é que a vejo (1) exaltar Jesus, e (2) confirmar a Bíblia como Palavra de Deus e como autoridade máxima para os cristãos. O verdadeiro testemunho é que ao ler os seus livros as pessoas se apaixonam por Jesus, e isso leva-as a lerem mais da Palavra de Deus. UCD 93 4 Sei que isso é verdade, porque aconteceu comigo. Jorge, 21 anos O Encontro de Um Jovem com Ellen White ... sobre a Autoridade das Escrituras UCD 93 5 A qualidade de Ellen White que mais me atrai é o seu amor por Jesus e a sua insistência na autoridade das Escrituras. Muitas vezes ela expressou nos seus escritos que as Escrituras são a única base para a verdade. Ela considerava-se a si mesma como "uma luz menor que leva homens e mulheres à luz maior (a Bíblia)".112 UCD 94 1 Estas afirmações dão-me a certeza de que posso confiar nos seus escritos na minha caminhada diária com Deus. Agradeço ao Senhor pela fabulosa vantagem dos escritos da Sra White que foram dados para nos ajudar a compreender melhor as verdades bíblicas. Ela foi uma mensageira do Senhor, e ela compreendeu esse papel e foi-lhe fiel com máxima exactidão e responsabilidade. Respeito-a por isso e uso os seus escritos como outra ferramenta no meu estudo das Escrituras. Nada pode substituir a Bíblia, e sou muito sensível à ideia de alguém criticar ou tentar mudar a Bíblia. Sinto segurança ao saber que a Sra White sentia da mesma maneira. Quando leio Patriarcas e Profetas ou O Grande Conflito, a Bíblia ganha vida para mim! UCD 94 2 No que me diz respeito, a Bíblia é o meu manual na jornada da minha vida, e os escritos da Sra White são algo como as notas explicativas e comentários. Miguel, 26 anos Escrituras UCD 94 3 DESDE A INFÂNCIA, SABES AS SAGRADAS LETRAS, QUE PODEM TORNAR- TE SÁBIO PARA A SALVAÇÃO PELA FÉ EM CRISTO JESUS. TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS E ÚTIL PARA O ENSINO, PARA A REPREENSÃO, PARA A CORRECÇÃO, PARA A EDUCAÇÃO NA JUSTIÇA, A FIM DE QUE O HOMEM DE DEUS SEJA PERFEITO E PERFEITAMENTE HABILITADO PARA TODA A BOA OBRA (2 TIMÓTEO 3:15-17). UCD 94 4 EXAMINAIS AS ESCRITURAS, PORQUE JULGAIS TER NELAS A VIDA ETERNA, E SÃO ELAS QUE TESTIFICAM DE MIM (JOÃO 5:39). UCD 94 5 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, TESTIFICO: SE ALGUÉM LHES FIZER QUALQUER ACRÉSCIMO, DEUS LHE ACRESCENTARÁ OS FLAGELOS ESCRITOS NESTE LIVRO; E, SE ALGUÉM TIRAR QUALQUER COISA DAS PALAVRAS DO LIVRO DESTA PROFECIA, DEUS TIRARÁ A SUA PARTE DA ÁRVORE DA VIDA, DA CIDADE SANTA E DAS COISAS QUE SE ACHAM DESCRITAS NESTE LIVRO. (APOCALIPSE 22:18, 19). UCD 94 6 QUANDO VOS DISSEREM: CONSULTAI OS NECROMANTES E OS ADIVINHOS, QUE CHILREIAM E MURMURAM, ACASO, NÃO CONSULTARÁ O POVO AO SEU DEUS? A FAVOR DOS VIVOS CONSULTAR-SE-ÃO OS MORTOS? (Isaías 8:19, 20). UCD 94 7 ORA, ESTES DE BEREIA ERAM MAIS NOBRES DO QUE OS DE TESSALÓNICA; POIS RECEBERAM A PALAVRA COM TODA A AVIDEZ, EXAMINANDO AS ESCRITURAS TODOS OS DIAS, PARA VER SE, DE FACTO, AS COISAS ERAM ASSIM (ACTOS 17:11). UCD 95 1 A Bíblia é mais valiosa como poder educativo do que os escritos de todos os filósofos de todos os tempos. Com um amplo leque de estilos e assuntos, a Bíblia tem algo interessante e moralmente instrutivo para cada pessoa. A luz da revelação brilha claramente chegando até ao distante passado, onde as crónicas da História não iluminam. A poesia bíblica suscita o espanto e a admiração do mundo. Com beleza cintilante, em sublime e solene majestade, com sentimentos tocantes, é inigualada pelas mais brilhantes produções do génio humano. A Bíblia tem uma lógica equilibrada e uma eloquência exaltada. Descreve corajosos actos de integridade, exemplos de bondade privada e de honra pública, lições de santidade e pureza.113 UCD 95 2 Nada dará mais energia ao pensamento e força ao intelecto do que o estudo da Palavra de Deus. Nenhum outro livro tem o poder de elevar os pensamentos e de fortalecer as capacidades como a Bíblia. Se a Palavra de Deus fosse estudada como deve, os homens e mulheres teriam uma mente aberta, um carácter excelente e um firme propósito raramente vistos nestes tempos. A busca da verdade dará o seu galardão ao investigador, e cada descoberta abrirá mais valiosos campos de investigação.114 UCD 95 3 Deveríamos dar grande valor à Bíblia, porque ela revela a vontade de Deus. Nela aprendemos qual o objectivo da nossa criação e como atingir esse objectivo. Aprendemos a fazer sábio uso da vida presente e como obtermos a vida futura. Nenhum outro livro pode satisfazer as interrogações da mente ou os anseios do coração. Ao adquirirmos um conhecimento da Palavra de Deus e ao praticá-lo na nossa vida, podemos elevar-nos dos mais profundos abismos de degradação para nos tornarmos filhos de Deus, companheiros dos anjos sem pecado.115 UCD 95 4 Ao pesquisar as Escrituras, ao reflectir nas palavras de vida, considerem-nas como a voz de Deus a falar à alma. Podemos, por vezes, ficar confusos com a voz dos nossos amigos; mas na Bíblia temos o conselho de Deus sobre todos os temas importantes relativos aos nossos interesses eternos. Mesmo nos nossos negócios seculares podemos aprender muito da Bíblia. O seu ensino será sempre adaptado às nossas circunstâncias individuais, preparando-nos para suportarmos as provas e para a obra que nos foi dada por Deus. UCD 96 1 A Bíblia é a voz de Deus a falar-nos, tão seguramente como se a pudéssemos ouvir com os nossos ouvidos. Se compreendêssemos isso, abriríamos a Palavra de Deus com respeito e buscaríamos seriamente as suas leis. Ler e contemplar as Escrituras seria considerado como uma audiência com o Deus Eterno.116 UCD 96 2 Que livro se pode comparar à Bíblia? Uma compreensão dos seus ensinos é essencial para todas as crianças e jovens, assim como para os mais idosos, porque é a Palavra de Deus, dada para guiar a família humana para o Céu. No mundo hoje muitas coisas são idolatradas, e há muitas filosofias e ideologias. Sem uma compreensão das Escrituras é impossível para os jovens compreender o que é a verdade, ou dizer qual a diferença entre o sagrado e o vulgar.117 UCD 96 3 O povo de Deus deve olhar para as Escrituras como a sua segurança contra a influência de falsos mestres e o enganador poder dos espíritos das trevas. Satanás faz tudo o que é possível para evitar que qualquer pessoa conheça a Bíblia, porque os seus claros ensinos revelam os enganos dele. Onde quer que o trabalho de Deus ressurja, o príncipe do mal desencadeia uma actividade mais intensa. Neste preciso momento, Satanás está a desenvolver os seus mais intensos esforços para uma última batalha contra Jesus e os Seus seguidores. O último grande engano está prontinho para ser posto diante de nós. O anticristo realizará milagres que vamos ver realmente. A falsificação será tão parecida com o verdadeiro que a única maneira de sabermos a diferença será através da Bíblia. Todas as afirmações e milagres devem ser testados pelos princípios das Escrituras. UCD 96 4 Aqueles que estão a tentar obedecer a todos os mandamentos de Deus serão ridicularizados e sofrerão oposição. Só em Deus podemos ficar firmes. Para estarmos prontos para o juízo que está à nossa frente, precisamos de entender a vontade de Deus revelada na Sua Palavra. Só podemos honrar a Deus quando compreendemos o Seu carácter, o Seu governo e propósitos. Só aqueles que tenham fortalecido as suas mentes com as verdades da Bíblia permanecerão firmes durante o último grande conflito. A cada um de nós será posto o probante teste: Obedecerei a Deus em vez de aos homens? Essa hora decisiva está mesmo à nossa frente. Estão os nossos pés firmados na rocha da Palavra imutável de Deus? Estamos preparados para ficar firmes na defesa dos mandamentos de Deus e da fé de Jesus? UCD 97 1 Quando Deus envia avisos tão importantes que são simbolizados por santos anjos a voar pelo meio dos céus, Ele exige que todos prestemos atenção. O terrível juízo contra a besta e a sua imagem (Apocalipse 14:9-11) deveria levar-nos, a todos nós, a um diligente estudo das profecias, para descobrirmos o que é a marca da besta e como podemos evitar recebê-la. Mas as multidões fogem de ouvir a verdade e voltam-se para fábulas e misticismo. O apóstolo Paulo declarou, ao olhar para os últimos dias: "Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina" (2 Timóteo 4:3). Esse momento chegou. A maioria das pessoas não quer a verdade da Bíblia porque ela interfere com os desejos dos seus corações pecadores e amantes do mundo. Então Satanás providencia os enganos que lhes agradam. UCD 97 2 Mas Deus terá um grupo de pessoas na Terra que conservam a Bíblia, e a Bíblia só, como padrão para todas as doutrinas e base de todas as reformas. As opiniões de homens e mulheres cultos, as deduções da ciência, os muitos credos contraditórios ou as decisões das organizações religiosas, a voz da maioria - nenhuma delas deveria ser a base a favor ou contra qualquer ponto da fé religiosa. Em vez disso, antes de aceitar qualquer ensino ou doutrina, devemos exigir um claro "Isto é o que Deus diz" em seu apoio. UCD 97 3 Satanás está constantemente a tentar atrair a atenção para os seres humanos em vez de para Deus. Ele leva as pessoas a olharem para os bispos, para os pastores, para professores de teologia, como seus guias, em vez de pesquisarem as Escrituras para descobrirem por si mesmas como viver e crer. UCD 98 1 A influência dos principais líderes religiosos levou a nação judaica a rejeitar o seu Redentor. O espírito que controlava esses sacerdotes e governantes ainda se revela em muitas pessoas que agem como se fossem extremamente religiosas. Mas recusam examinar as Escrituras relativas às verdades especiais para este momento da história da Terra. Em vez disso, salientam o quanto são, as suas riquezas, a sua popularidade - e zombam daqueles que mantêm a verdade porque são poucos em número, pobres e impopulares, tendo uma fé que os separa do mundo. UCD 98 2 Embora a Bíblia esteja cheia de avisos contra falsos mestres, muitas pessoas hoje confiam nos clérigos para definirem a sua espiritualidade. Milhares de membros de igreja não conseguem dar outra razão para as suas crenças a não ser que são aquilo que lhes foi ensinado pelos seus líderes religiosos. Ignoram, quase por completo, os ensinos de Jesus e confiam totalmente nas palavras dos ministros. Mas serão os ministros perfeitos no seu conhecimento? Como podemos confiar a nossa espiritualidade à sua guarda a não ser que saibamos pela Palavra de Deus que eles estão certos? A falta de coragem para ficar sozinhos leva muitos a seguir profissionais altamente educados - pela sua relutância em investigar por si mesmos, estão a ficar irremediavelmente presos pelas cadeias do erro. UCD 98 3 Satanás usa muitas influências para capturar as suas vítimas. Muitos associam-se com Satanás através das suas ligações românticas com aqueles que são inimigos da cruz de Cristo. Pais, família, cônjuges ou amigos que se opõem à verdade da Bíblia exercem o seu poder para controlar a vossa consciência. Tenham coragem para obedecer às vossas próprias convicções! UCD 98 4 É-nos impossível, tendo a Bíblia ao nosso alcance, honrar a Deus com falsas opiniões. Já ouviram, provavelmente, dizer que não importa no que acreditamos, desde que a nossa vida seja correcta. Mas a nossa vida é moldada pela nossa fé. Se a verdade está ao nosso alcance e decidimos ignorá-la, estamos a escolher as trevas. UCD 99 1 "Há caminho que parece direito ao homem, mas afinal são caminhos de morte" (Provérbios 16:25). A ignorância não é desculpa para o pecado quando há todas as oportunidades para conhecer a vontade de Deus. Um jovem que está em viagem chega a uma encruzilhada com painéis que indicam onde cada estrada conduz. Se ignora os painéis e segue uma estrada qualquer que lhe pareça acertada, pode ser totalmente sincero, mas tem todas as hipóteses de se encontrar na estrada errada. UCD 99 2 Deus deu-nos a Sua Palavra para que pudéssemos familiarizar-nos com os seus ensinos e saber o que Ele pede de nós. Quando o advogado foi ter com Jesus com a pergunta: "Como posso ser salvo?" Jesus indicou-lhe as Escrituras, dizendo: "Que está escrito na Lei? Como interpretas?" (Lucas 10:26). A ignorância não desculpará jovens nem idosos, nem os livrará do castigo de quebrarem a lei de Deus quando podiam ter compreendido as suas exigências. Não basta ter boas intenções; não basta fazer o que achamos que está certo ou o que o ministro vos diz que está certo. A vossa salvação está em jogo, e devem pesquisar as Escrituras por vocês mesmos. Ainda que as vossas convicções sejam fortes, ainda que possam estar confiantes de que o ministro sabe o que é a verdade, esse não é o vosso fundamento. Têm um mapa, que aponta cada ponto de referência na viagem para o Céu, e não deviam ir à sorte em nada. UCD 99 3 O nosso primeiro e mais elevado dever é aprender das Escrituras o que é a verdade e depois obedecer ao que aprendemos e encorajar outros a fazer o mesmo. Devemos estudar a Bíblia diligentemente todos os dias, analisando cada pensamento, e comparando Escritura com Escritura. Com a ajuda divina, devemos formar as nossas próprias opiniões, assim como temos de responder por nós mesmos diante de Deus. UCD 100 4 As verdades mais claramente reveladas na Bíblia têm sido cobertas com dúvidas e trevas por alguns teólogos, que, fingindo ser pensadores críticos, ensinam que as Escrituras têm um significado secreto, místico, espiritual por detrás das simples palavras. Essas pessoas são falsos mestres. A esse tipo de pessoas Jesus declarou: "Não conheceis as escrituras nem o poder de Deus" (Marcos 12:24). A linguagem da Bíblia deve ser explicada de acordo com o seu significado óbvio, a menos que um símbolo ou metáfora sejam usados. Jesus fez a promessa: "Se alguém quiser fazer a vontade d'Ele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se falo por mim mesmo" (João 7:17). Se os jovens aceitassem a Bíblia à letra, se não houvesse falsos mestres a confundir e enganar as suas mentes, seria realizado um trabalho que alegraria os anjos e que traria milhares e milhares a Jesus que agora vagueiam no erro. UCD 100 1 Devemos disciplinar as nossas mentes para que se concentrem quando estudamos as Escrituras. Embora nos concentremos intensamente na compreensão (dentro dos nossos limites humanos) das coisas profundas de Deus, temos, no entanto, que nos lembrar que a receptividade e a submissão de uma criança são o verdadeiro espírito do discípulo. As dificuldades escriturísticas nunca podem ser resolvidas usando os mesmos métodos usados para abordar problemas filosóficos. Não devemos fazer um estudo da Bíblia com a auto-confiança com que muitos entram nos domínios da ciência, mas com uma piedosa dependência de Deus e um sincero desejo de aprender a Sua vontade. Devemos ir com um espírito humilde e receptivo para receber conhecimento do Deus do Universo. De outro modo, anjos maus obscurecerão a nossa mente e endurecerão o nosso coração de maneira que não sejam impressionados com a verdade. UCD 100 2 A compreensão da verdade bíblica não depende tanto da capacidade intelectual como da intenção, do profundo desejo de agir correctamente. UCD 100 3 A Bíblia nunca deve ser estudada sem oração. Só o Espírito Santo pode ajudar-nos a compreender quão importantes são até mesmo as pequenas coisas ou evitar que interpretemos mal as passagens difíceis. O trabalho dos anjos celestiais é preparar os nossos corações de maneira a compreendermos a Palavra de Deus e sermos cativados pela sua beleza, advertidos pelos seus avisos e animados e fortalecidos pelas suas promessas. Devemos fazer nossa a oração do salmista: "Abre OS MEUS OLHOS, PARA QUE EU CONTEMPLE AS MARAVILHAS DA TUA LEI" (Salmo 119:18). As tentações muitas vezes parecem irresistí veis porque, ao negligenciarmos a oração e o estudo da Bíblia, não conseguimos recordar-nos rapidamente das promessas de Deus e enfrentar Satanás com as armas das Escrituras. Mas anjos rodeiam aqueles que estão dispostos a ser ensinados acerca dos segredos do Céu, e numa crise eles trarão à nossa mente as verdades que justamente precisamos. UCD 101 1 Jesus prometeu aos Seus discípulos, "O CONSOLADOR, O ESPÍRITO SANTO, A QUEM O PAI ENVIARÁ EM MEU NOME, ESSE VOS ENSINARÁ TODAS AS COISAS E VOS FARÁ LEMBRAR DE TUDO O QUE VOS TENHO DITO" (JOÃO 14:26). Mas os ensinos de Jesus devem antes ter sido entesourados na nossa mente para que o Espírito de Deus os traga à nossa memória no tempo de perigo. "GUARDO NO CORAÇÃO AS TUAS PALAVRAS, PARA NÃO PECAR CONTRA TI." (SALMO 119:11). UCD 101 2 Se dão valor aos vossos interesses eternos, estejam precavidos contra as incursões do cepticismo. A verdade será atacada. É impossível ficar fora do alcance dos sarcasmos, dos sofismas, e de atitudes subtis, destrutivas. Satanás adapta as suas tentações para molestar toda a gente. Ataca o iletrado com piadas e humilhações, mas enfrenta a pessoa com formação académica com objecções científicas e argumentos filosóficos. Ambos são premeditados para provocar a perda de confiança ou o desprezo pelas Escrituras. Mesmo os jovens, com pouca experiência da vida, por vezes atrevem-se a insinuar dúvidas a respeito dos princípios básicos do cristianismo. O seu cepticismo, néscio como é, influencia outros. Muitos são levados a ridicularizar a fé dos seus antepassados e causam dor ao Espírito de graça (Hebreus 10:29). Muitas vidas que podiam ter sido uma honra para Deus e uma influência positiva no mundo foram estragadas pelo fétido sopro da infidelidade. Todos aqueles que confiam nas orgulhosas decisões da razão humana e imaginam que podem explicar os mistérios divinos e chegar à verdade sem a ajuda da sabedoria de Deus estão enleados na armadilha de Satanás. UCD 101 3 Estamos a viver no período mais crítico da história deste mundo. O destino de cada pessoa sobre o Planeta Terra está a ponto de ser decidido. O nosso próprio futuro bem-estar, assim como a salvação de outros, depende do rumo que escolhermos agora. Precisamos de ser guiados pelo Espírito da verdade. Cada seguidor de Cristo deve perguntar seriamente: "Senhor, que queres que eu faça?" (Actos 9:6). Devemos humilhar-nos perante o Senhor com jejum e oração e meditar muito na Sua Palavra, especialmente nas cenas do juízo. Devemos procurar ter uma experiência viva nas coisas de Deus. Não temos um momento a perder. Acontecimentos importantes, significativos, estão a desenrolar-se ao nosso redor, estamos no campo encantado de Satanás. Não durmam, sentinelas de Deus! O inimigo esconde-se perto, esperando que fiquem indolentes e sonolentos, para poder saltar sobre nós e fazer-nos sua presa. UCD 102 1 Estão iludidos acerca da vossa verdadeira situação diante de Deus? Alegram-se com os actos errados que não cometem, e esquecem-se dos gestos gentis, compassivos que Deus requer e que vocês têm negligenciado? Não basta ser árvores no jardim de Deus. Devemos responder às expectativas de Deus dando fruto. Ele considera-nos responsáveis pelo nosso fracasso em cumprir todo o bem que poderíamos ter feito graças à força que a Sua graça nos dá. Deus não quer que ponhamos o jardim em desordem. Mas mesmo o caso dos 'desordeiros' não é inteiramente perdido. O coração de Deus, cheio de amor e paciência, ainda luta com aqueles que ignoraram a misericórdia de Deus e abusaram da Sua graça. "Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Portanto, VEDE PRUDENTEMENTE COMO ANDAIS... REMINDO O TEMPO" (Efésios 5:14-16).118 UCD 102 2 Quando o grande teste chegar, aqueles que fizeram da Palavra de Deus a sua norma de vida serão revelados. No Verão, não há grande diferença entre as plantas de folha persistente e as outras árvores, mas quando chegam os ventos fortes de Inverno, as plantas de folha persistente permanecem na mesma, enquanto as outras árvores ficam sem as suas folhas. O cristão 'superficial' pode não se distinguir agora com facilidade dos verdadeiros cristãos, mas está às portas o momento em que a diferença será evidente. Se se levantar oposição, se surgir preconceito e intolerância, se se despertar a perseguição, os de coração dividido e os hipócritas vacilarão e abandonarão a fé. Mas os verdadeiros cristãos ficarão firmes como uma rocha, com a sua fé mais forte, com a sua esperança mais viva do que nunca!119 UCD 103 1 Queridos jovens, orem como nunca oraram antes pedindo que os raios do Sol da Justiça brilhem sobre a Palavra de maneira a que vocês sejam capazes de compreender o seu verdadeiro significado. Jesus suplicava que os Seus discípulos pudessem viver, na prática, o seu alto chamado através da Palavra de Deus. Vocês, portanto, também devem orar intensamente para que o Espírito Santo, o nosso Guia em toda a verdade, possa estar convosco no vosso estudo da Santa Palavra de Deus.120 UCD 103 2 (Para leitura adicional sobre este assunto recomendamos O Grande Conflito, Vida e Ensinos de Ellen G. White, e Educação.) Pensa no Seguinte UCD 103 3 1. Resumidamente, descreve a função das Escrituras tal como é esboçada em 2 Timóteo 3:15-17. Qual é a mais fácil e qual é a mais difícil de incluir no teu conceito de inspiração? UCD 103 4 2. Se descobrisses uma aparente discrepância (diferença) entre a Bíblia e os escritos de Ellen White, como agirias para resolver o problema? UCD 103 5 3. Menciona alguns passos a dar como preparação para o estudo da Bíblia. UCD 103 6 4. De que maneira é que o estudo cuidadoso da Palavra de Deus afecta o que fazemos na vida? ------------------------A Verdade sobre os Anjos VA 7 1 Aos leitores VA 9 1 Capítulo 1 -- Os anjos e você -- uma visão panorâmica VA 14 1 Capítulo 2 -- Ministério atual dos anjos VA 23 1 Capítulo 3 -- Os anjos no céu, antes da rebelião VA 30 1 Capítulo 4 -- A origem do mal VA 45 1 Capítulo 5 -- A expulsão dos anjos rebeldes e a queda de Adão e Eva VA 63 1 Capítulo 6 -- Os anjos antes e depois do dilúvio VA 73 1 Capítulo 7 -- Os anjos na era patriarcal VA 88 1 Capítulo 8 -- Os anjos no tempo do êxodo VA 98 1 Capítulo 9 -- Os anjos desde o Sinai até a tomada de Jericó VA 112 1 Capítulo 10 -- Os anjos desde o tempo dos juízes até o primeiro reinado VA 126 1 Capítulo 11 -- Os anjos desde o tempo de Davi até o cativeiro babilônico VA 139 1 Capítulo 12 -- Os anjos desde o cativeiro até João Batista VA 154 1 Capítulo 13 -- Os anjos durante a encarnação e infância de Cristo VA 168 1 Capítulo 14 -- Os anjos durante o batismo de Cristo e no deserto da tentação VA 180 1 Capítulo 15 -- Anjos bons e maus durante o ministério de Cristo VA 192 1 Capítulo 16 -- Os anjos durante a paixão e morte de Cristo VA 207 1 Capítulo 17 -- Os anjos desde a ressurreição de Cristo até sua ascensão VA 224 1 Capítulo 18 -- Os anjos desde o Pentecoste até os últimos dias VA 249 1 Capítulo 19 -- Os anjos na experiência de Ellen White VA 261 1 Capítulo 20 -- Os anjos na crise final VA 283 1 Capítulo 21 -- Os anjos no glorioso futuro VA 300 1 O fim ------------------------Aos leitores VA 7 1 Este livro trata de um tema de amplo interesse. Em número sem precedentes, os programas de televisão apresentam relatos do envolvimento de anjos nas atividades humanas. Periódicos sensacionalistas publicam numerosas histórias de encontros com visitantes extraterrestres. As livrarias expõem estantes e mais estantes de livros que lidam com o sobrenatural, e as vendas não param de crescer. Em todos os lugares as pessoas levantam questões do tipo: Se os anjos realmente existem, quem são eles? Porventura são espíritos dos mortos? São amistosos ou hostis? Podem eles comunicar-se conosco? VA 7 2 A maioria das respostas providas por "autoridades" no assunto, não satisfazem ao sincero pesquisador da verdade. Grande parte das mesmas representam meramente especulações. Outras são decididamente sensacionalistas. Outras, ainda, baseiam-se em falsas interpretações das Escrituras. VA 7 3 Em contraste, o presente volume acha-se repleto de informação inspirada. Oferece respostas firmemente alicerçadas na Palavra de Deus. Ele não apenas estabelece a verdade acerca dos anjos mas, acreditamos, conduzirá o leitor a uma experiência espiritual mais profunda. VA 7 4 O primeiro capítulo provê uma vista panorâmica da existência e atividades dos seres que povoam o mundo invisível. O segundo capítulo ilustra algumas das numerosas formas pelas quais os anjos participam da vida pessoal dos seres humanos. A partir do terceiro capítulo, o livro apresenta em sequência histórica uma ampla gama de eventos e experiências nas quais os anjos desempenham papel preponderante. Inicia-se com a rebelião de Lúcifer no Céu antes da criação do mundo, e conclui com o papel que os anjos desempenharão no glorioso futuro. VA 7 5 Este livro representa uma fonte de informação de incalculável preço, mas é ainda mais que isto: ele ergue o véu que separa o mundo visível do invisível. Revela o envolvimento dos anjos em eventos que os historiadores seculares registraram mas não conseguiram explicar, oferecendo ao leitor a oportunidade de situar-se como testemunha desses eventos -- efetivamente, uma experiência emocionante! VA 8 1 Acreditamos que este livro será apreciado, em todas as partes do mundo, pelos que buscam a verdade, e que ele os ajudará a reconhecer a contrafação dos espíritos malignos e ao mesmo tempo, em sua caminhada diária com Deus, os levará a buscar e desfrutar o companheirismo dos anjos santos. Depositários do Patrimônio Literário White. ------------------------Capítulo 1 -- Os anjos e você -- uma visão panorâmica VA 9 1 A relação do mundo visível com o invisível, o ministério dos anjos de Deus, a operação dos espíritos maus, acham-se claramente revelados nas Escrituras, e inseparavelmente entretecidos com a história humana. ... VA 9 2 Antes da criação do homem, existiam anjos; pois, quando os fundamentos da Terra foram lançados, "as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. ... Os anjos são, em sua natureza, superiores aos homens. O salmista diz acerca do homem: "Pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste." Salmos 8:5. O número e poder dos anjos VA 9 3 Estamos informados pelas Escrituras quanto ao número, poder e glória dos seres celestiais, sua relação com o governo de Deus e também com a obra da redenção. "O Senhor tem estabelecido o Seu trono nos Céus, e o Seu reino domina sobre tudo." Salmos 103:19. E diz o profeta: "Ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono." Apocalipse 5:11. No salão de recepção do Rei dos reis, assistem eles -- como "anjos Seus, magníficos em poder... ministros Seus, que executais o Seu beneplácito", "obedecendo à voz da Sua palavra". Salmos 103:20, 21. VA 10 1 Milhares de milhares e milhões de milhões eram os mensageiros celestiais vistos pelo profeta Daniel. O apóstolo Paulo declarou serem "muitos milhares". Hebreus 12:22. Como mensageiros de Deus, saem "à semelhança dos relâmpagos" (Ezequiel 1:14), tão deslumbrante é sua glória e tão rápido o seu vôo. O anjo que apareceu no túmulo do Salvador, e tinha o rosto "como um relâmpago, e a sua veste branca como a neve", fez com que os guardas por medo dele tremessem, e ficassem "como mortos". Mateus 28:3, 4. VA 10 2 Quando Senaqueribe, o altivo assírio, injuriou a Deus e dEle blasfemou, ameaçando Israel de destruição, "sucedeu, pois, que naquela mesma noite, saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles". 2 Reis 19:35. Ali foram destruídos "todos os varões valentes, e os príncipes, e os chefes", do exército de Senaqueribe. "E este tornou com vergonha de rosto à sua terra." 2 Crônicas 32:21. Os anjos auxiliam os filhos de Deus VA 10 3 Os anjos são enviados em missões de misericórdia aos filhos de Deus. A Abraão, com promessas de bênçãos; às portas de Sodoma, para livrar o justo Ló da condenação do fogo; a Elias, quando se achava a ponto de perecer de cansaço e fome no deserto; a Eliseu, com carros e cavalos de fogo, cercando a pequena cidade em que estava encerrado por seus adversários; a Daniel, enquanto buscava sabedoria divina na corte de um rei pagão, ou abandonado para tornar-se presa dos leões; a Pedro, condenado à morte no calabouço de Herodes; aos prisioneiros em Filipos; a Paulo e seus companheiros na noite da tempestade no mar; ao abrir a mente de Cornélio para receber o evangelho; ao enviar Pedro com a mensagem da salvação ao desconhecido gentio -- assim, em todos os tempos, têm os santos anjos ministrado ao povo de Deus. ... VA 11 1 Assim, ao povo de Deus, exposto ao poder enganador e vigilante malignidade do príncipe das trevas, e em conflito com todas as forças do mal, é assegurada a incessante guarda dos seres celestiais. Tampouco é tal segurança dada sem necessidade. Se Deus concedeu a Seus filhos promessas de graça e proteção, é porque há poderosos agentes do mal a serem enfrentados -- agentes numerosos, decididos e incansáveis, de cuja malignidade e poder ninguém pode sem perigo achar-se em ignorância ou inadvertência. Satanás e os anjos maus VA 11 2 Os espíritos maus, criados a princípio sem pecado, eram iguais, em sua natureza, poder e glória, aos seres santos que ora são os mensageiros de Deus. Mas, caídos pelo pecado, acham-se coligados para a desonra de Deus e destruição dos homens. Unidos com Satanás em sua rebelião, e com ele expulsos do Céu, têm, através de todas as eras que se sucederam, cooperado com ele em sua luta contra a autoridade divina. Somos informados, nas Escrituras, acerca de sua confederação e governo, suas várias ordens, inteligência e astúcia, e de seus maus intuitos contra a paz e felicidade dos homens. ... VA 12 1 Ninguém se acha em maior perigo da influência dos espíritos maus do que aqueles que, apesar dos testemunhos diretos e amplos das Escrituras, negam a existência e operação do diabo e seus anjos. Enquanto estivermos em ignorância no que respeita a seus ardis, têm eles vantagem quase inconcebível; muitos dão atenção às suas sugestões, supondo, entretanto, estar seguindo os ditames de sua própria sabedoria. É por isto que, aproximando-nos do final do tempo, quando Satanás deverá trabalhar com o máximo poder para enganar e destruir, espalha ele por toda parte a crença de que não existe. É sua política ocultar-se a si mesmo e agir às escondidas. ... VA 12 2 É porque se mascarou com consumada habilidade, que tão amplamente se faz a pergunta: "Existe realmente tal ser?" Evidencia-se o seu êxito na geral aceitação que obtêm no mundo religioso teorias que negam os testemunhos mais positivos das Escrituras. E é porque Satanás pode muito facilmente dirigir o espírito dos que se acham inconscientes de sua influência, que a Palavra de Deus nos dá tantos exemplos de sua obra maligna, descobrindo aos nossos olhos suas forças secretas, e desta maneira pondo-nos de sobreaviso contra seus assaltos. Os seguidores de Cristo acham-se seguros VA 12 3 O poder e malignidade de Satanás e seu exército deveriam com razão alarmar-nos, não fosse o caso de podermos encontrar refúgio e livramento no superior poder de nosso Redentor. Pomos cuidadosamente em segurança as nossas casas por meio de ferrolhos e fechaduras, a fim de proteger contra homens maus nossa propriedade e vida; mas raras vezes pensamos nos anjos maus, que constantemente estão a procurar acesso a nós, e contra cujos ataques não temos em nossa própria força método algum de defesa. Se lhes permitirmos, podem transformar-nos o entendimento, perturbar e atormentar-nos o corpo, destruir nossas propriedades e vida. Seu único deleite está na miséria e ruína. VA 13 1 Terrível é a condição dos que resistem às reivindicações divinas, cedendo às tentações de Satanás, até que Deus os abandone ao governo dos espíritos maus. Mas os que seguem a Cristo estão sempre seguros sob Sua proteção. Anjos magníficos em poder são enviados do Céu para protegê-los. O maligno não pode romper a guarda que Deus pôs em redor de Seu povo. -- O Grande Conflito, 511-513, 516, 517. ------------------------Capítulo 2 -- Ministério atual dos anjos Os anjos nos guardam VA 14 1 Um anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo. Estes vigias celestiais protegem aos justos do poder maligno. Isto, o próprio Satanás reconheceu, quando disse: "Porventura, teme Jó a Deus debalde? Porventura, não o cercaste Tu de bens a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem?" Jó 1:9, 10. O agente pelo qual Deus protege a Seu povo é apresentado nas palavras do salmista: "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Salmos 34:7. Disse o Salvador, falando daqueles que nEle crêem: "Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de Meu Pai." Mateus 18:10. Os anjos designados para ministrarem aos filhos de Deus têm em todo tempo acesso à Sua presença. -- O Grande Conflito, 512, 513. VA 14 2 Não sabemos que conseqüências terão um dia, uma hora ou um momento, e nunca devemos começar o dia sem encomendar nossos caminhos ao Pai celeste. Anjos Seus são comissionados para cuidarem de nós, e se nos colocarmos sob sua proteção, no tempo de perigo estarão ao nosso lado. Quando inconscientemente estivermos em perigo de exercer influência má, os anjos estarão ao nosso lado, orientando-nos para um melhor procedimento, escolhendo-nos as palavras, e influenciando-nos as ações. -- Parábolas de Jesus, 341, 342. VA 15 1 Os anjos de Deus estão ao nosso redor. ... Oh, deveríamos saber essas coisas, temer e tremer, e assim pensar muito mais do que o havemos feito, no poder dos anjos de Deus que nos vigiam e guardam. ... Os anjos de Deus são comissionados pelo Céu a fim de guardar os filhos dos homens, e ainda assim estes se afastam da influência protetora daqueles, dirigindo-se para onde possam ter comunicação com os anjos maus. ... Oh, pudéssemos todos obedecer ao mandado do apóstolo! 2 Coríntios 6:17, 18. -- Manuscript Releases 5:125. VA 15 2 Anjos são enviados para ministrar aos filhos de Deus que são fisicamente cegos. Anjos guardam os seus passos e livram-nos de milhares de perigos que, desconhecidos a eles, juncam o seu caminho. -- Beneficência Social, 240. VA 15 3 Eu iria escrever hoje sobre Cristo andando sobre o mar e acalmando a tempestade. Oh! como essa cena impressionou-me a mente! ... A majestade de Deus e Suas obras tomou posse de meus pensamentos. Ele segura os ventos em Suas mãos, Ele controla as águas. Seres finitos, simples pontinhos sobre as vastas e profundas águas do Pacífico, éramos nós à vista de Deus; contudo, anjos do Céu foram enviados de Sua excelente glória para proteger aquele pequeno barco à vela que estava singrando as águas. -- Este Dia com Deus, 108. Anjos envolvem-se na vida familiar VA 16 1 O Senhor é servido pelo fiel obreiro doméstico tanto quanto, ou ainda mais, do que por aquele que prega a Palavra. Pais e mães deveriam compreender que são os educadores de seus filhos. Estes representam a herança do Senhor; e deveriam ser treinados e disciplinados de modo a formar caráter que o Senhor possa aprovar. Quando esse trabalho é feito cuidadosamente, com fidelidade e oração, anjos de Deus guardam a família, e a vida mais simples se torna sagrada. -- Australasian Union Conference Record, 6 de Setembro de 1909. VA 16 2 Antes de sair de casa para o trabalho, toda a família deve ser reunida; e o pai, ou a mãe na ausência dele, deve rogar fervorosamente a Deus que os guarde durante o dia. Vão com humildade, coração cheio de ternura, e com o senso das tentações e perigos que se acham diante de vocês e de seus filhos; pela fé, atem-nos ao altar, suplicando para eles o cuidado do Senhor. Anjos ministradores hão de guardar as crianças assim consagradas a Deus. -- Orientação da Criança, 519. VA 16 3 Os anjos de Deus, milhares de milhares, ... nos guardam do mal, e repelem os poderes das trevas que nos estão procurando destruir. Não temos nós motivos de ser a todo momento agradecidos, mesmo quando existem aparentes dificuldades em nosso caminho? -- A Ciência do Bom Viver, 253, 254. VA 16 4 Anjos de Deus vigiam sobre nós. Na Terra há milhares e dezenas de milhares de mensageiros celestes, enviados pelo Pai para impedir Satanás de obter qualquer vantagem sobre os que se recusam a andar no caminho do mal. E esses anjos, que guardam os filhos de Deus na Terra, estão em comunicação com o Pai, no Céu. -- Nos Lugares Celestiais, 99. VA 17 1 Precisamos conhecer melhor do que conhecemos a missão dos anjos. Convém lembrar que cada verdadeiro filho de Deus tem a cooperação dos seres celestiais. Exércitos invisíveis, de luz e poder, auxiliam os mansos e humildes que crêem nas promessas de Deus e as invocam. Querubins, serafins e anjos magníficos em poder, estão à destra de Deus, sendo "todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação". Hebreus 1:14. -- Atos dos Apóstolos, 154. Anjos iluminam nossa mente VA 17 2 Deus exorta Suas criaturas a que afastem a atenção da confusão e perplexidade que as rodeiam, e admirem a Sua obra. Os corpos celestes são dignos de contemplação. Deus os fez para benefício do homem, e à medida que estudarmos Suas obras, anjos de Deus estarão ao nosso lado para iluminar nossa mente e guardá-la do engano satânico. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1145. VA 17 3 Anjos celestiais observam aqueles que buscam iluminação. Cooperam com os que procuram ganhar almas para Cristo. -- Bible Echo and Signs of the Times, 10 de Dezembro de 1900. VA 17 4 Seu... [ministério aos] enfermos é um procedimento exaustivo, e vocês consumiriam gradualmente as fontes da vida caso não houvesse nenhuma mudança, nenhuma oportunidade para recreação, e se anjos de Deus os não guardassem e protegessem. Se pudessem ver os muitos perigos através dos quais vocês são guiados a salvo cada dia por esses mensageiros do Céu, a gratidão lhes brotaria do coração e encontraria expressão em seus lábios. Se fizerem de Deus a sua força, poderão, sob as circunstâncias mais desanimadoras, atingir uma altura e uma amplitude de perfeição cristã que dificilmente pensariam ser possível alcançar. Seus conceitos podem ser tão elevados, poderiam ter tão nobres aspirações, percepções claras da verdade e propósito de ação que vocês serão elevados acima de todos os motivos sórdidos. -- Conselhos Sobre Saúde, 384. VA 18 1 Foi-me mostrado o perigo em que você está [ela se dirige aqui a um médico], e também me foi mostrado que seu anjo da guarda o tem preservado vez após outra de naufragar na fé. Meu irmão, eleve suas normas, eleve-as, e não se entristeça nem se desanime. -- Testimonies for the Church 8:175. Anjos nos ajudam a fazer o que é correto VA 18 2 Aprendam a confiar em Deus. Aprendam a ir Àquele que é poderoso para salvar. ... Contem ao amoroso Salvador exatamente aquilo que necessitam. Aquele que disse: "Deixai vir a Mim os pequeninos e não os impeçais" (Lucas 18:16), não rejeitará as orações de vocês, antes enviará os Seus anjos para guardar e protegê-los dos anjos maus, e para facilitar-lhes a prática do bem. Assim será muito mais fácil do que se tentarem fazê-lo em suas próprias forças. O sentimento de vocês será então sempre este: "Pedirei a Deus que me ajude, e Ele o fará. Realizarei o que é correto em Sua força. Não entristecerei os queridos anjos que Deus enviou para me guardarem. Jamais seguirei uma conduta que os separe de mim." -- An Appeal to the Youth, 55, 56. VA 19 1 Se vocês procurarem suprimir todo mau pensamento ao longo do dia, então os anjos de Deus virão e habitarão com vocês. Esses anjos são poderosos em força. Lembrem-se de como o anjo veio ao sepulcro e como, diante da glória de sua presença, os soldados romanos caíram como mortos. Se um só anjo pôde demonstrar tal poder, que teria acontecido se todos os anjos que estão conosco houvessem estado presentes? Os anjos estão conosco todos os dias, guardando-nos e protegendo-nos dos assaltos do inimigo. VA 19 2 Vocês não estão sozinhos na batalha contra o mal. Pudesse erguer-se a cortina, vocês observariam os anjos do Céu lutando do lado de vocês. Isso eles precisam fazer; é seu trabalho guardar a juventude. "Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" Hebreus 1:14. Milhares e dezenas de milhares, milhões e milhões de anjos ministram em favor da juventude. -- The Youth's Instructor, 1 de Janeiro de 1903. VA 19 3 Estou muito agradecida por poder visitar sua escola [que é agora o Colégio Oakwood]. Durante anos tenho feito o que está ao meu alcance para ajudar as pessoas negras, e em nenhum outro lugar encontrei o trabalho tão bem iniciado quanto aqui, no presente momento. Em todas as suas experiências, lembrem-se de que os anjos de Deus estão ao lado de vocês. Sabem o que vocês fazem, e estão presentes para guardá-los. Não façam coisa alguma que desagrade os anjos. À medida que vocês trabalharem e os anjos também, esta escola se tornará um lugar consagrado. Desejo ouvir dos êxitos que vocês alcançarem. Todo o Céu está interessado na atuação de vocês. Façamos o que estiver ao nosso alcance para ajudarmos uns aos outros a obter a vitória. Vivamos de tal modo que a luz do Céu brilhe em nosso coração e mente, habilitando-nos a apossarmos dos tesouros celestiais. -- Southern Field Echo, 1 de Junho de 1909. Anjos auxiliam nos esforços em favor dos perdidos VA 20 1 Quando as inteligências celestes observam aqueles que professam ser filhos e filhas de Deus empreenderem esforços cristãos para ajudar os errantes, manifestando um espírito terno e compassivo para com os arrependidos e caídos, os anjos colocam-se ao lado daqueles, trazendo-lhes à memória as próprias palavras que suavizarão e erguerão a alma. ... Jesus ofereceu Sua preciosa vida e Sua atenção pessoal ao menor dos filhos de Deus; e os anjos excelentes em poder acampam-se ao redor dos que temem a Deus. -- Healthful Living, 277. VA 20 2 Os anjos são enviados das cortes celestiais, não para destruir, senão para vigiar e guardar as almas em perigo, para salvar o perdido, para trazer de volta ao redil os extraviados. "Não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo" (João 12:47), declarou Cristo. Não terão vocês, então, palavras de consolo para os errantes? Deixarão vocês que eles pereçam, ou lhes estenderão a mão ajudadora? Exatamente ao redor de vocês acham-se almas em perigo de perecerem. Não as conduzirão vocês, com as cordas do amor, para junto do Salvador? Não deixarão vocês de proferir condenações, falando antes palavras que as inspirem com fé e coragem? -- The Review and Herald, 10 de Maio de 1906. VA 21 1 É privilégio de todos os que cumprem as condições, saber por si mesmos que o perdão é oferecido amplamente para todo pecado. Abandonem a suspeita de que as promessas de Deus não se referem a vocês. Elas são para todo transgressor arrependido. Força e graça foram providas por meio de Cristo, sendo levadas pelos anjos ministradores a toda alma crente. -- Caminho a Cristo, 52, 53. VA 21 2 Aqueles que trabalham pelo bem dos outros, estão operando em união com os anjos celestiais. Contam sempre com a companhia destes, e com seu incessante ministério. Anjos de luz e poder sempre estão perto, a fim de proteger, confortar, curar, instruir e inspirar. A mais elevada educação, a mais genuína cultura e o mais exaltado serviço possíveis aos seres humanos neste mundo, pertencem-lhes. -- The Review and Herald, 11 de Julho de 1912. VA 21 3 Os anjos do Céu atuam sobre a mente humana, a fim de despertar a pesquisa dos temas da Bíblia. Será realizada uma obra muito mais ampla que aquela até agora alcançada, e nenhuma glória será atribuída aos homens, pois os anjos que ministram em favor dos que hão de herdar a salvação, estão trabalhando noite e dia. -- Counsels to Writers and Editors, 140. VA 21 4 Deus poderia ter confiado aos anjos celestiais a mensagem do evangelho e toda a obra de amoroso ministério. Poderia ter empregado outros meios para realizar o Seu propósito. Mas em Seu infinito amor preferiu tornar-nos cooperadores Seus, de Cristo e dos anjos, a fim de que pudéssemos participar da bênção, da alegria e do reerguimento espiritual que resultam desse abnegado ministério. -- Caminho a Cristo, 79. Anjos fortalecem nossa fé VA 22 1 "O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra." Salmos 34:7. Deus encarrega Seus anjos de salvar Seus escolhidos da calamidade, de guardá-los da "peste que se propaga nas trevas", e da "mortandade que assola ao meio-dia". Salmos 91:6. Repetidas vezes têm anjos falado com homens, do mesmo modo como um homem fala com seu amigo, e os têm levado para lugares livres de perigo. Uma e outra vez têm as encorajadoras palavras dos anjos renovado o ânimo prostrado dos fiéis, desviando-lhes o espírito das coisas da Terra, levando-os a contemplar pela fé as vestes brancas, as coroas, as palmas da vitória que os vencedores receberão junto ao grande trono branco. -- Atos dos Apóstolos, 153. VA 22 2 Entre aqueles que nos rodeiam, estão os exércitos do inimigo, que tratam de dividir o povo de Deus, e também os exércitos celestiais, milhões de milhões de anjos, que vigiam e guardam o tentado povo de Deus, animando-o e fortalecendo-o. São estes os que estão à nossa volta. Deus diz àqueles que nEle crêem: "Vocês caminharão entre eles. Os poderes das trevas não triunfarão sobre vocês. Estarão em pé na Minha presença à vista dos santos anjos, que são enviados a ministrar em favor dos que herdarão a salvação." -- The General Conference Bulletin, 2 de Abril de 1901. ------------------------Capítulo 3 -- Os anjos no céu, antes da rebelião Cristo como Deus criador VA 23 1 Antes que os homens ou os anjos fossem criados, "o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus". João 1:1. VA 23 2 O mundo foi criado por Ele, "e sem Ele nada do que foi feito se fez". João 1:3. Se Cristo fez todas as coisas, existiu antes de todas elas. As palavras a este respeito são tão decisivas, que ninguém precisa ter dúvidas. Cristo era essencialmente Deus, e no mais elevado sentido. Estava com Deus desde a eternidade, Deus sobre tudo, bendito para sempre. VA 23 3 O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade como pessoa distinta, embora Um com o Pai. Era Ele a mais excelsa glória do Céu. Era o comandante das inteligências celestiais, e recebia como um direito Seu as homenagens e adoração dos anjos. -- The Review and Herald, 5 de Abril de 1906. VA 23 4 Cristo declarou por intermédio de Salomão: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida [a Sabedoria]; desde o princípio, antes do começo da Terra. ... Quando punha ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o Seu mando; quando compunha os fundamentos da Terra, então, Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo." Provérbios 8:22, 23, 29, 30. VA 24 1 Ao falar de Sua preexistência, Cristo conduz a mente a eras infinitas do passado. Ele nos assegura que jamais houve um tempo em que não estivesse em íntima comunhão com o Deus eterno. Ele... tem mantido com Deus o relacionamento de um único Ser. -- The Signs of the Times, 29 de Agosto de 1900. VA 24 2 Que é o serviço dos anjos em comparação com Sua [de Cristo] condescendência? Seu trono é desde toda a eternidade. Ele formou toda arcada e toda coluna do grande templo da Natureza. -- Nos Lugares Celestiais, 40. VA 24 3 Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai -- um na natureza, no caráter e no propósito -- o único Ser em todo o Universo que poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. -- O Grande Conflito, 493. Deus estabelecera um plano antes do surgimento do pecado VA 24 4 Deus e Cristo sabiam, desde o princípio, da apostasia de Satanás e da queda de Adão mediante o poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para remir a raça caída, para dar-lhe outra oportunidade. Cristo foi designado para o cargo de Mediador da criação de Deus, destinado desde a eternidade a ser nosso substituto e penhor. -- Mensagens Escolhidas 1:250. VA 25 1 Conhecidas são diante de Deus todas as Suas obras, e desde eras eternas o concerto da graça (favor imerecido) existiu na mente de Deus. É conhecido como o concerto eterno, pois o plano da salvação não foi concebido após a queda do homem, antes foi ele "guardado em silêncio nos tempos eternos, e... agora, se tornou manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência por fé, entre todas as nações". Romanos 16:25, 26. -- The Signs of the Times, 5 de Dezembro de 1914. VA 25 2 O plano de nossa redenção não foi um pensamento posterior, formulado depois da queda de Adão. Foi a revelação "do mistério que desde tempos eternos esteve oculto". Romanos 16:25. Foi um desdobramento dos princípios que têm sido, desde os séculos da eternidade, o fundamento do trono de Deus. ... Deus não ordenou a existência do pecado. Previu-a, porém, e tomou providências para enfrentar a terrível emergência. -- O Desejado de Todas as Nações, 22. Criação dos anjos VA 25 3 O Pai operou por Seu Filho na criação de todos os seres celestiais. "NEle foram criadas todas as coisas, ... sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele." Colossences 1:16. -- Patriarcas e Profetas, 34. VA 25 4 Antes da criação do homem, existiam anjos; pois, quando os fundamentos da Terra foram lançados, "as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam". Jó 38:7. Depois da queda do homem foram enviados anjos a guardar a árvore da vida, e isto antes que qualquer ser humano houvesse morrido. Os anjos são, em sua natureza, superiores aos homens, pois o salmista diz que o homem foi feito "pouco menor do que os anjos". Salmos 8:5. -- O Grande Conflito, 511. VA 26 1 Desde os séculos eternos era o desígnio de Deus que todos os seres criados, desde os luminosos e santos serafins até ao homem, fossem um templo para morada do Criador. -- O Desejado de Todas as Nações, 161. VA 26 2 Todos os seres criados vivem pela vontade e poder de Deus. São subordinados recipientes da vida de Deus. Do mais alto serafim ao mais humilde dos seres animados, todos são providos da Fonte da vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 785. VA 26 3 Quando o Senhor criou esses seres [angélicos] para estarem diante de Seu trono, eram eles belos e gloriosos. Sua amabilidade e santidade equivaliam a sua exaltada posição. Estavam investidos da sabedoria de Deus e cingidos com a armadura celestial. -- The Signs of the Times, 14 de Abril de 1898. Criação de Lúcifer VA 26 4 Deus o fez [a Lúcifer] bom e formoso, tão semelhante quanto possível a Si próprio. -- The Review and Herald, 24 de Setembro de 1901. VA 26 5 Deus o havia feito [a Lúcifer] nobre, havendo-lhe outorgado ricos dotes. Concedeu-lhe elevada posição de responsabilidade. Nada lhe pediu que não fosse razoável. Deveria ele administrar o cargo que Deus lhe atribuíra, num espírito de mansidão e devoção, buscando promover a exaltação de Deus, o qual lhe dera glória, beleza e encanto. -- Sabbath-School Worker, 1 de Março de 1893. VA 27 1 Embora Deus houvesse criado Lúcifer nobre e formoso, e o houvesse colocado em posição de elevada honra entre os anjos, não o deixou fora do alcance da possibilidade do mal. Satanás tinha o poder, se decidisse por este caminho, de perverter seus dons. -- The Spirit of Prophecy 4:317. A elevada posição de Lúcifer VA 27 2 Lúcifer, no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus, tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai, antes que os anjos fossem criados. -- História da Redenção, 13. VA 27 3 Lúcifer era o querubim cobridor, o mais exaltado dentre os seres criados. Sua posição era a mais próxima do trono de Deus, e ele se achava intimamente vinculado e identificado com a administração do governo de Deus, havendo sido ricamente dotado com a glória de Sua majestade e poder. -- The Signs of the Times, 28 de Abril de 1890. VA 28 1 O próprio Senhor deu a Satanás sua glória e sabedoria, tornando-o o querubim cobridor, bom, nobre e extraordinariamente formoso. -- The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893. VA 28 2 Entre os habitantes do Céu, excluindo-se o próprio Cristo, foi Satanás durante algum tempo o mais honrado de Deus, o mais elevado em poder e glória. -- The Signs of the Times, 23 de Julho de 1902. VA 28 3 Lúcifer, o "filho da alva", sobrepujando em glória a todos os anjos que rodeavam o trono, ... [estava] ligado pelos mais íntimos laços ao Filho de Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 435. VA 28 4 Lúcifer, "filho da alva", era o primeiro dos querubins cobridores, santo e puro. Permanecia na presença do grande Criador, e os incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam sobre ele. -- Patriarcas e Profetas, 35. VA 28 5 [Lúcifer] fora o mais elevado de todos os seres criados, e o primeiro em revelar ao Universo os desígnios divinos. -- O Desejado de Todas as Nações, 758. Antes que surgisse o mal VA 28 6 Entre os anjos existia paz e alegria, em perfeita submissão à vontade do Céu. O amor a Deus era supremo, e imparcial o amor de uns pelos outros. Tal era a condição que existira por séculos, antes da entrada do pecado. -- The Spirit of Prophecy 4:316, 317. VA 29 1 [Lúcifer] possuía um conhecimento de inestimável valor acerca das riquezas eternas, o que o homem não possui. Ele experimentara o puro contentamento, a paz, a exaltada felicidade e as inenarráveis alegrias das moradas celestes. Havia sentido, antes da rebelião, o prazer da plena aprovação de Deus. Obtivera completa apreciação da glória que circundava o Pai, e sabia que o Seu poder não conhecia limites. -- The Signs of the Times, 4 de Agosto de 1887. VA 29 2 Houve um tempo em que... era a alegria [de Satanás] executar as ordens divinas. Seu coração estava cheio de amor e regozijo por poder servir ao Criador. -- The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893. VA 29 3 Satanás era um anjo formoso e exaltado, e assim teria permanecido se não houvesse rompido sua aliança com Deus. -- The Signs of the Times, 21 de Dezembro de 1891. ------------------------Capítulo 4 -- A origem do mal A origem do mal é um mistério VA 30 1 Os anjos haviam sido criados cheios de bondade e amor. Amavam uns aos outros sem parcialidade e supremamente a Deus. Movidos por este amor, deleitavam-se em realizar a Sua vontade. A lei de Deus não lhes era um pesado jugo, antes compraziam-se em obedecer a Seus mandamentos e em ouvir a voz de Sua Palavra. Porém, nesse estado de paz e pureza, o mal originou-se com aquele que havia sido perfeito em todos os seus caminhos. O profeta disse a seu respeito: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezequiel 28:17. O pecado é algo misterioso e inexplicável. Não havia razão para a sua existência; tentar explicá-lo é procurar uma razão para ele, e isto seria justificá-lo. O pecado apareceu num Universo perfeito, algo que se revelou inescusável. -- The Signs of the Times, 28 de Abril de 1890. VA 30 2 Deus possuía conhecimento dos eventos futuros, antes mesmo da criação do mundo. Ele não adaptou Seus propósitos para que estes se amoldassem às circunstâncias, mas permitiu que as coisas se desenvolvessem. Não agiu para que certas condições surgissem, mas sabia que elas ocorreriam. O plano que se colocaria em ação no caso de se rebelar alguma das elevadas inteligências celestiais -- este era o segredo, o mistério oculto desde as eras passadas. Um oferecimento foi preparado pelos eternos propósitos, para realizar o próprio trabalho que Deus empreendeu em favor da humanidade caída. -- The Signs of the Times, 25 de Março de 1897. VA 31 1 A entrada do pecado no Céu não pode ser explicada. Fosse isto possível, arranjar-se-ia alguma razão para o pecado. Mas não houve a menor escusa para ele, e sua origem permanecerá cercada de mistério. -- The Review and Herald, 9 de Março de 1886. VA 31 2 Deus não criou o mal. Ele fez apenas o bem, à Sua própria semelhança. ... O mal, o pecado e a morte... são o resultado da desobediência, originada em Satanás. -- The Review and Herald, 4 de Agosto de 1910. Os primeiros sinais do mal VA 31 3 Houve um tempo em que Satanás se encontrava em harmonia com Deus, quando era sua alegria executar os divinos mandamentos. Seu coração encontrava-se cheio de amor e regozijo em servir ao Criador, até que começou a imaginar que sua sabedoria não derivava de Deus, sendo antes inerente a ele próprio, e que ele era tão digno quanto Deus de receber honra e poder. -- The Signs of the Times, 18 de Setembro de 1893. VA 31 4 Embora Deus houvesse criado Lúcifer nobre e belo, e lhe houvesse atribuído grande honra entre os anjos, não o colocara, todavia, fora da possibilidade de fazer o mal. Se Satanás decidisse pelo caminho errado, poderia escolhê-lo e assim perverter seus dons. Poderia haver permanecido no favor de Deus, amado e honrado por toda a multidão angélica, presidindo em sua exaltada posição com generoso e abnegado cuidado, exercendo seus nobres poderes para abençoar outros e glorificar seu Autor. Contudo, pouco a pouco, começou ele a procurar sua própria honra, e a empregar suas faculdades para atrair atenção e obter louvor para si mesmo. Gradualmente também conduziu os anjos, sobre os quais presidia, a lhe prestarem serviço, em vez de devotarem todas as suas energias ao serviço do Criador. -- The Spirit of Prophecy 4:317. VA 32 1 Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. ... Se bem que toda a sua glória proviesse de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente a si próprio. -- Patriarcas e Profetas, 35. Deus apresenta a verdadeira posição de Cristo VA 32 2 Antes que se iniciasse a grande luta, todos deveriam ter uma apresentação clara a respeito da vontade dAquele [Deus] cuja sabedoria e bondade eram a fonte de toda a sua alegria. VA 32 3 O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres criados. ... Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua vontade. -- Patriarcas e Profetas, 36. VA 32 4 O grande Criador reuniu os seres celestiais para poder, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. Este estava sentado no trono com o Pai, com a multidão celestial de santos anjos reunida à volta. Então o Pai fez saber que Ele próprio ordenara que Cristo, Seu Filho, fosse igual a Ele, de modo que, onde o Filho estivesse, estaria a Sua própria presença. A palavra do Filho deveria ser obedecida tão prontamente quanto a do Pai. O Filho fora investido de autoridade para comandar o exército celestial. Deveria Ele agir especialmente em união com o Pai no projeto de criação da Terra. ... VA 33 1 Satanás estava com inveja e ciúmes de Jesus Cristo. Não obstante, quando todos os anjos se inclinaram diante dEle para reconhecer Sua supremacia, elevada autoridade e direito de governar, Satanás também se prostrou, ainda que seu coração estivesse cheio de inveja e ódio. Cristo formava parte do conselho especial de Deus para a consideração de Seus planos, ao passo que Satanás os desconhecia. Não conhecia, nem lhe era permitido conhecer os propósitos de Deus. Por outro lado, Cristo era reconhecido como Soberano do Céu com poder e autoridade iguais aos do próprio Deus. VA 33 2 Satanás acreditou que ele próprio era o favorito no Céu, entre os anjos. Havia sido grandemente exaltado, mas... aspirava alcançar a altura do próprio Deus. Glorificava-se em sua própria altivez. Sabia que os anjos o honravam. Tinha uma missão especial a cumprir. Estivera próximo ao grande Criador, e os incessantes raios de luz gloriosa que rodeavam o Deus eterno haviam resplandecido especialmente sobre ele. Pensou em como os anjos haviam obedecido a seu comando com prazenteira espontaneidade. Não eram as suas vestiduras brilhantes e formosas? Por que, então, deveria Cristo ser honrado acima dele? -- The Spirit of Prophecy 1:17, 18. VA 34 1 Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e, prostrando-se diante dEle, extravasaram seu amor e adoração. Lúcifer curvou-se com eles; mas em seu coração havia um conflito estranho, violento. A verdade, a justiça e a lealdade estavam a lutar contra a inveja e o ciúme. A influência dos santos anjos pareceu por algum tempo levá-lo com eles. ... De novo, porém, achou-se repleto de orgulho por sua própria glória. Voltou-lhe o desejo de supremacia, e uma vez mais condescendeu com a inveja de Cristo. -- Patriarcas e Profetas, 36, 37. Lúcifer inicia a campanha contra Cristo VA 34 2 Satanás... iniciou a obra de rebelião entre os anjos que estavam sob seu comando, procurando difundir entre eles o espírito de descontentamento. Agiu de modo tão ardiloso que muitos dos anjos se comprometeram com ele antes que seus propósitos fossem plenamente conhecidos. -- The Review and Herald, 28 de Janeiro de 1909. VA 34 3 Satanás... ambicionava as mais elevadas honras que Deus concedera a Seu Filho. Tornou-se invejoso de Cristo e começou a semear entre os anjos que o honravam como querubim cobridor, o sentimento de que não recebera a honra que sua posição demandava. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. VA 34 4 Mediante sutis insinuações de que Cristo usurpara o lugar que pertencia a ele, Lúcifer lançou as sementes da dúvida na mente de muitos dos anjos. -- The Educational Messenger, 11 de Setembro de 1908. VA 35 1 Sua [de Lúcifer] obra de engano foi efetuada com tão grande sigilo que os anjos em posições menos elevadas supuseram que ele era o governante do Céu. -- Este Dia com Deus, 254. VA 35 2 Os anjos leais e sinceros procuraram reconciliar este anjo poderoso e rebelde com a vontade do Criador. Justificaram o ato de Deus de conferir honra a Jesus Cristo, e com poderosos argumentos tentaram convencer Satanás de que ele próprio não possuía agora menor honra do que antes de o Pai proclamar a honra especial conferida ao Filho. Mostraram-lhe claramente que Jesus era o Filho de Deus, existindo com Ele antes que os anjos houvessem sido criados, e que sempre estivera à destra de Deus, sem que Sua terna e amorável autoridade jamais tivesse sido questionada; tampouco dera Ele qualquer ordem que os seres celestiais não houvessem cumprido alegremente. Argumentaram que o fato de haver Cristo recebido honras especiais por parte do Pai, na presença dos anjos, não diminuía a honra que ele [Satanás] recebera até então. -- The Spirit of Prophecy 1:19. VA 35 3 [Lúcifer] obteve a simpatia de alguns de seus companheiros ao sugerir pensamentos de crítica no tocante ao governo de Deus. A semente daninha foi espalhada de modo sedutor; e depois que ela brotou e desenvolveu raízes na mente de muitos, recolheu ele as idéias por ele mesmo implantadas na mente de outros, e as apresentou diante das mais elevadas ordens de anjos como sendo os pensamentos de outras mentes contra o governo de Deus. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1143. VA 36 1 Lúcifer havia a princípio dirigido suas tentações de tal maneira que ele próprio não pareceu achar-se comprometido. Os anjos que ele não pôde trazer completamente para o seu lado, acusou-os de indiferença aos interesses dos seres celestiais. Da mesma obra que ele próprio estava a fazer, acusou os anjos fiéis. Consistia sua astúcia em perturbar com argumentos sutis, referentes aos propósitos de Deus. Tudo que era simples ele envolvia em mistério, e por meio de artificiosa perversão lançava a dúvida sobre as mais claras declarações de Jeová. E sua elevada posição, tão intimamente ligada com o governo divino, dava maior força a suas representações. -- Patriarcas e Profetas, 41. VA 36 2 O primeiro esforço de Satanás para destruir a lei de Deus -- esforço este feito entre os santos habitantes do Céu -- pareceu por algum tempo ser coroado de êxito. Grande número de anjos foram seduzidos. -- Patriarcas e Profetas, 331. VA 36 3 O governo de Deus incluía não apenas os habitantes do Céu, como ainda todos os mundos criados. Satanás pensou que, se fosse capaz de arrastar consigo à rebelião as inteligências celestiais, também dominaria os outros mundos. -- The Review and Herald, 9 de Março de 1886. VA 36 4 Aqui, por certo tempo, Satanás esteve em vantagem; exultou a este respeito, em sua arrogante superioridade, sobre os anjos do Céu e até mesmo sobre Deus. ... Ele [Lúcifer] se disfarçara num manto de falsidade, e durante algum tempo foi impossível remover a máscara, para que a deformidade abominável de seu caráter pudesse ser percebida. Foi necessário esperar que ele próprio revelasse suas obras cruéis, astutas e más. -- The Spirit of Prophecy 4:319. Concede-se tempo a Lúcifer para executar seus planos VA 37 1 Deus, em Sua sabedoria, não expulsou Satanás imediatamente do Céu. Tal ato não haveria modificado seus planos, antes o teria fortalecido na rebelião, pois haver-lhe-ia acrescentado simpatia, como alguém com quem se lidara injustamente; e um maior número de anjos teria sido arrastado em rebelião junto com ele. Deveria ele receber mais tempo para o pleno desenvolvimento de seus princípios. -- The Review and Herald, 9 de Março de 1886. VA 37 2 Satanás queixou-se dos supostos defeitos na administração das coisas celestiais, havendo procurado encher a mente dos anjos com sua insatisfação. Visto não ser ele supremo, lançou sementes de dúvida e descrença. Em virtude de não ser como Deus, esforçou-se para instilar na mente dos anjos sua própria inveja e descontentamento. Assim as sementes da alienação foram plantadas, para depois serem apresentadas diante das cortes celestiais como sendo originárias, não da mente de Satanás, e sim da dos anjos. Desta maneira o enganador poderia mostrar que os anjos pensavam como ele. ... VA 37 3 Aquilo que Satanás havia inculcado na mente dos anjos -- uma palavra aqui, outra ali -- abriu o caminho para uma longa lista de suposições. Em sua forma astuta, extraiu ele expressões de dúvida da parte deles. Assim, quando foi questionado, acusou os que ele próprio havia doutrinado. Colocou toda a desafeição nos lábios daqueles que havia dirigido. -- The Review and Herald, 7 de Setembro de 1897. VA 38 1 [Lúcifer] começou a insinuar dúvidas com respeito às leis que governavam os seres celestiais, dando a entender que, conquanto pudessem as leis ser necessárias para os habitantes dos mundos, não necessitavam de tais restrições os anjos, mais elevados por natureza, pois que sua sabedoria era um guia suficiente. -- Patriarcas e Profetas, 37. VA 38 2 Lúcifer... tentou abolir a lei de Deus. Pretendeu que as inteligências não caídas do santo Céu não necessitavam de lei, sendo antes capazes de governarem a si mesmas e de preservarem imaculada integridade. -- The Signs of the Times, 28 de Abril de 1890. VA 38 3 Nem mesmo os anjos fiéis reconheceram plenamente seu [de Lúcifer] caráter. Esta é a razão por que Deus não o destruiu imediatamente. Se o tivesse feito, os santos anjos não teriam percebido o amor e a justiça de Deus. Uma só dúvida quanto à bondade de Deus teria sido como má semente, que produziria o amargo fruto do pecado e da desgraça. Por isto foi poupado o autor do mal, para desenvolver plenamente seu caráter. -- Parábolas de Jesus, 72. Os anjos debatem as questões VA 38 4 Enquanto alguns dos anjos se uniam a Satanás em rebelião, outros procuravam dissuadi-lo de seus propósitos e defendiam a honra e sabedoria de Deus em conceder autoridade a Seu Filho. Contudo Satanás se perguntava, por que razão teria Cristo recebido poder ilimitado e posto de comando mais elevado que o dele! -- Spiritual Gifts 3:37. VA 39 1 Satanás recusou-se a ouvir. Apartou-se então dos anjos leais e sinceros, acusando-os de servilismo. Esses anjos, fiéis a Deus, assombraram-se ao ver o êxito de Satanás em promover a rebelião. Ele prometeu-lhes um novo governo, melhor do que aquele que até então haviam conhecido, no qual tudo seria liberdade. Um grande número dos anjos revelou sua disposição em aceitar Satanás como líder e comandante-chefe. Ao perceber ele que suas propostas alcançavam sucesso, gabou-se de que chegaria a ter a seu lado todos os anjos, tornando-se igual ao próprio Deus, e que sua voz de autoridade seria ouvida em comando a todo o exército do Céu. VA 39 2 Uma vez mais os anjos leais admoestaram Satanás, assegurando-lhe de quais seriam as conseqüências se persistisse em rebelião; que Aquele que criara os anjos poderia, mediante Seu poder, subverter toda a autoridade deles e a terrível rebelião. E imaginar que um anjo pudesse resistir à lei de Deus, tão sagrada quanto Ele mesmo! Exortaram os rebeldes a fecharem os ouvidos aos enganadores raciocínios de Satanás e aconselharam Satanás e todos os que por ele haviam sido afetados, a ir a Deus confessando seu erro em haverem permitido até mesmo o pensamento de questionar a Sua autoridade. -- The Spirit of Prophecy 1:20. VA 39 3 Satanás foi astuto em apresentar o seu ponto de vista da questão. Tão logo percebia que determinada posição era vista em seu verdadeiro caráter, trocava-a por outra. Tal não ocorreu com Deus. Ele podia operar com apenas uma classe de armas -- a verdade e a justiça. Satanás podia usar o que Deus não usaria: o engano e a fraude. -- The Review and Herald, 9 de Março de 1886. VA 40 1 A ação subversiva [de Satanás] foi tão sutil que não apareceu diante dos seres celestiais do modo como em realidade era. ... Tal estado de coisas persistiu por longo tempo antes de Satanás ser desmascarado. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1143. VA 40 2 Deus, em Sua grande misericórdia, suportou longamente a Satanás. Este não foi imediatamente degradado de sua posição elevada, quando a princípio condescendeu com o espírito de descontentamento, nem mesmo quando começou a apresentar suas falsas pretensões diante dos anjos fiéis. Muito tempo foi ele conservado no Céu. Reiteradas vezes lhe foi oferecido o perdão, sob a condição de que se arrependesse e submetesse. -- O Grande Conflito, 495, 496. VA 40 3 O espírito de descontentamento e desafeição nunca antes havia sido conhecido no Céu. Era um elemento novo, estranho, misterioso, inexplicável. O próprio Lúcifer não estivera a princípio ciente da natureza verdadeira de seus sentimentos; durante algum tempo receou exprimir a ação e imaginações de sua mente; todavia não as repeliu. Não via para onde se deixava levar. Entretanto, esforços que somente o amor e a sabedoria infinitos poderiam imaginar, foram feitos para convencê-lo de seu erro. Provou-se que sua desafeição era sem causa, e fez-se-lhe ver qual seria o resultado de persistir em revolta. Lúcifer estava convencido de que não tinha razão. Viu... que os estatutos divinos são justos, e que, como tais, ele os deveria reconhecer perante todo o Céu. VA 40 4 Houvesse ele feito isto, e poderia ter salvo a si mesmo e a muitos anjos. Ele não tinha naquele tempo repelido totalmente sua lealdade a Deus. Embora tivesse deixado sua posição como querubim cobridor, se contudo estivesse ele disposto a voltar para Deus, reconhecendo a sabedoria do Criador, e satisfeito por preencher o lugar a ele designado no grande plano de Deus, teria sido reintegrado em suas funções. Chegado era o tempo para um decisão final; deveria render-se completamente à soberania divina, ou colocar-se em franca rebelião. Quase chegou à decisão de voltar; mas o orgulho o impediu disto. -- Patriarcas e Profetas, 39. Deus enfrenta o desafio de Satanás VA 41 1 Nos concílios celestiais decidiu-se que, com base nos princípios pelos quais se atuaria, o poder de Satanás não fosse imediatamente destruído. O propósito de Deus era colocar todas as coisas sobre uma base de eterna segurança. Dever-se-ia conceder tempo para que Satanás desenvolvesse os princípios que constituiriam o fundamento de seu governo. O universo celestial deveria contemplar o resultado dos postulados que Satanás declarara serem superiores aos princípios de Deus. O sistema de Deus deveria ser contrastado com o sistema satânico. Os princípios corruptores do governo de Satanás deveriam ser revelados. Dever-se-ia demonstrar que os princípios de justiça expressos na lei de Deus são imutáveis, perfeitos e eternos. -- The Review and Herald, 7 de Setembro de 1897. VA 41 2 Os anjos leais apressaram-se em ir até o Filho de Deus e em informá-Lo do que estava ocorrendo entre os anjos. Encontraram o Pai em consulta com Seu amado Filho, determinando os meios pelos quais, em benefício dos anjos fiéis, a autoridade assumida por Satanás seria anulada para sempre. O grande Deus poderia haver expulsado imediatamente do Céu a este arquienganador; tal não era, porém, o Seu propósito. Daria ao rebelde uma chance justa de medir forças com Seu próprio Filho e os anjos leais. Nessa batalha cada anjo escolheria por si mesmo de que lado ficar, e manifestaria sua posição diante de todos os demais. -- The Spirit of Prophecy 1:21. Lúcifer torna-se Satanás VA 42 1 Satanás... determinou-se a se tornar um centro de influência. Uma vez que não podia ser a mais alta autoridade no Céu, tornar-se-ia a mais elevada autoridade em rebelião contra o governo do Céu. Seria cabeça, exerceria controle e não seria controlado. -- The Review and Herald, 16 de Abril de 1901. VA 42 2 Muitos dos simpatizantes de Satanás ficaram inclinados a atender o conselho dos anjos leais, e se arrependerem de sua insatisfação, e readquirirem a confiança do Pai e de Seu Filho amado. O grande revoltoso declarou então que estava familiarizado com a lei de Deus, e se ele se submetesse em obediência servil, sua honra lhe seria tirada. Não mais receberia o encargo de sua exaltada missão. Disse-lhes que tanto ele quanto os outros haviam ido longe demais para agora voltar, e que ele suportaria as conseqüências; que jamais se curvaria diante do Filho de Deus em adoração servil; que Deus não perdoaria, e que agora teriam de assegurar a liberdade deles e obter pela força a posição e autoridade que não se lhes havia sido concedida voluntariamente. -- The Spirit of Prophecy 1:20, 21. VA 42 3 Tanto quanto dizia respeito ao próprio Satanás, era verdade que ele havia ido agora demasiado longe para que pudesse voltar. Mas não era assim com os que tinham sido iludidos pelos seus enganos. Para estes, os conselhos e rogos dos anjos fiéis abriram uma porta de esperança; e, se houvessem eles atendido a advertência, poderiam ter sido arrancados da cilada de Satanás. Mas ao orgulho, ao amor para com seu chefe, e ao desejo de uma liberdade sem restrições permitiu-se terem o domínio, e as instâncias do amor e misericórdia divinos foram finalmente rejeitadas. -- Patriarcas e Profetas, 41. Os anjos comparecem diante do Pai VA 43 1 Toda a multidão angélica foi convocada a comparecer diante do Pai, para que cada caso fosse decidido. Satanás manifestou ousadamente sua insatisfação porque a Cristo fora dada preferência em relação a ele próprio. Ergueu-se orgulhosamente e sustentou que deveria ser igual a Deus, sendo convidado a participar com o Pai em Seus propósitos. Deus informou a Satanás que somente ao Filho revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de toda a família celestial, inclusive de Satanás, a mais implícita e inquestionável obediência; e que ele se demonstrara indigno de ocupar um lugar no Céu. Então Satanás apontou exultantemente a seus simpatizantes, que compreendiam quase metade dos anjos, e exclamou: "Esses estão comigo! Tu os expulsarás também, deixando um grande vazio no Céu?" Declarou então que se achava pronto a resistir à autoridade de Cristo, e a defender seu lugar no Céu pelo poder, força contra força. -- The Spirit of Prophecy 1:22. VA 43 2 Até ao final da controvérsia no Céu, o grande usurpador continuou a justificar-se. Quando foi anunciado que, juntamente com todos os que com ele simpatizavam, deveria ser expulso das habitações de bem-aventurança, o líder rebelde confessou então ousadamente seu desdém pela lei do Criador. Reiterou sua pretensão de que os anjos não necessitam ser dirigidos, mas que deveriam ser deixados a seguir sua própria vontade, que sempre os conduziria corretamente. Denunciou os estatutos divinos como restrição à sua liberdade, declarando ser de seu intento conseguir a abolição da lei; que, livres desta restrição, os seres do Céu poderiam entrar em condições de existência mais elevada, mais gloriosa. VA 44 1 Concordemente, Satanás e seu exército lançaram a culpa de sua rebelião inteiramente sobre Cristo, declarando que se eles não houvessem sido acusados, não se teriam rebelado. -- O Grande Conflito, 499, 500. VA 44 2 O conhecimento possuído por Satanás e os que com ele caíram, quanto ao caráter de Deus, de Sua bondade, misericórdia, sabedoria e excelente glória, tornou imperdoável a culpa dos rebeldes. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. ------------------------Capítulo 5 -- A expulsão dos anjos rebeldes e a queda de Adão e Eva Guerra no céu VA 45 1 Cristo Se ocupara nas cortes celestiais em convencer a Satanás de seu terrível erro, até que finalmente o maligno e seus simpatizantes se encontraram em rebelião aberta contra o próprio Deus. -- Este Dia com Deus, 254. VA 45 2 Cristo, como Comandante do Céu, foi indicado para acabar com a rebelião. -- The Review and Herald, 30 de Maio de 1899. VA 45 3 Houve então batalha no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe dos Céus, junto com Seus anjos leais, empenhou-se em conflito com o arqui-rebelde e os que a este se uniram. O Filho de Deus e os anjos sinceros e leais prevaleceram, ao passo que Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. -- The Spirit of Prophecy 1:23. VA 45 4 Anjos se empenharam em batalha; Satanás desejava derrotar o Filho de Deus e os que estavam submissos a Sua vontade. Mas os anjos bons e leais prevaleceram, e Satanás, com seus seguidores, foi expulso do Céu. -- Primeiros Escritos, 146. Efeitos da rebelião VA 46 1 Satanás ficou perplexo diante de sua nova condição. Fora-se a sua felicidade. Contemplou os anjos que, como ele, uma vez haviam sido tão felizes, mas agora achavam-se fora do Céu. ... Tudo parecia modificado. Semblantes que haviam refletido a imagem de seu Criador, agora demonstravam melancolia e desespero. Contendas, discórdias e amargas recriminações revelavam-se entre eles. ... Satanás observa agora os terríveis resultados de sua rebelião. Estremeceu, temendo enfrentar o futuro e contemplar o fim de todas essas coisas. VA 46 2 Chegara a hora dos alegres e felizes cânticos de louvor a Deus e a Seu amado Filho. Satanás havia dirigido o coral celestial. Sempre entoara a primeira nota, e então toda a multidão angélica se unira a ele, fazendo com que gloriosos acordes musicais ressoassem pelos Céus em honra a Deus e Seu querido Filho. Agora, porém, em lugar de doces acordes musicais, palavras de discórdia e ira caíam nos ouvidos do grande líder rebelde. ... Aproximava-se a hora da adoração, quando resplendentes e santos anjos se ajoelhavam diante do Pai. Não mais se uniria ele ao cântico celestial. Nunca mais se ajoelharia em reverente e santo temor diante da presença do Deus eterno. ... VA 46 3 Satanás tremeu ao contemplar sua obra. Achava-se sozinho a meditar sobre o passado, o presente e seus planos futuros. Sua poderosa estrutura vacila como que atingida por uma tempestade. Um anjo do Céu está passando. Ele o chama e solicita uma entrevista com Cristo. Esta lhe foi concedida. Relatou ele então ao Filho de Deus que se arrependera de sua rebelião, e desejava readquirir o favor de Deus. Estava disposto a assumir o lugar que Deus previamente lhe designara, submetendo-se a Seu sábio comando. Cristo chorou diante da desgraça de Satanás, mas fez-lhe ver, comunicando a decisão divina, que ele jamais poderia ser readmitido ao Céu. ... As sementes da rebelião ainda se achavam dentro dele [Satanás]. ... VA 47 1 Quando Satanás se tornou plenamente convencido de que não havia possibilidade de ser reintegrado ao favor de Deus, manifestou sua malícia com aumentado ódio e fervente veemência. ... VA 47 2 Como já não podia ser admitido no interior dos portais celestes, aguardaria junto à entrada para escarnecer dos anjos e procurar contender com eles enquanto entravam e saíam. -- The Spirit of Prophecy 1:28 a 30. A criação da terra e da humanidade VA 47 3 Os anjos leais lamentaram a sorte daqueles que haviam sido seus companheiros de felicidade e bênçãos. Sua falta foi sentida no Céu. O Pai consultou a Jesus quanto à possibilidade de executar imediatamente o propósito de fazer o homem para habitar a Terra. -- The Signs of the Times, 9 de Janeiro de 1879. VA 47 4 As mais brilhantes e exaltadas estrelas da alva louvaram... a glória [de Cristo] na criação, e anunciaram Seu nascimento com cânticos de alegria. -- The Signs of the Times, 4 de Janeiro de 1883. VA 47 5 Quando Deus formou a Terra, havia montanhas, colinas e planícies, e serpenteando entre estas existiam rios e fontes de água. A Terra não era constituída de uma extensa planície, mas a monotonia do cenário foi quebrada por outeiros e montanhas, não elevadas e ásperas como são agora, mas regulares e belas em sua forma. ... Os anjos contemplavam e se regozijavam diante das maravilhosas e belas obras de Deus. -- Spiritual Gifts 3:33. VA 48 1 Todo o Céu tomou profundo e alegre interesse na criação do mundo e do homem. Os seres humanos constituíam uma nova e distinta ordem. -- The Review and Herald, 11 de Fevereiro de 1902. VA 48 2 Depois dos seres angélicos, a família humana, formada à imagem de Deus, constitui a mais nobre de Suas obras criadas. -- The Review and Herald, 3 de Dezembro de 1908. VA 48 3 O Senhor... havia dotado Adão com poderes mentais superiores a qualquer outra criatura vivente que houvesse feito. Suas faculdades mentais eram apenas um pouco menor do que as dos anjos. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. VA 48 4 Tão logo Deus, através de Jesus Cristo, criou nosso mundo e colocou Adão e Eva no jardim do Éden, Satanás anunciou seu propósito de conformar à sua própria natureza o pai e a mãe da humanidade. -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1896. VA 48 5 Quando o Senhor apresentou Eva a Adão, anjos de Deus testemunharam a cerimônia. -- Nos Lugares Celestiais, 203. VA 48 6 Este casal imaculado não usava roupas artificiais. Achavam-se vestidos com uma cobertura de luz e glória, tais como os anjos. -- The Signs of the Times, 9 de Janeiro de 1879. VA 48 7 Deus criou o homem para Sua própria glória, para que depois de testada e provada, a família humana pudesse tornar-se uma com a família celestial. Era o propósito de Deus repovoar o Céu com a família humana. -- The S.D.A. Bible Commentary 1:1082. VA 49 1 Os lugares vagos surgidos no Céu pela queda de Satanás e seus anjos, serão preenchidos pelos redimidos do Senhor. -- The Review and Herald, 29 de Maio de 1900. Adão e Eva no Éden VA 49 2 Embora tudo o que Deus houvesse criado se encontrasse na perfeição da beleza, e nada parecesse faltar sobre a Terra que Ele criara para tornar Adão e Eva felizes, ainda assim manifestou Seu grande amor por eles ao preparar-lhes um jardim especial. Uma parte do tempo deles deveria ser gasto na prazenteira tarefa de cuidar do jardim, outra parte recebendo a visita dos anjos, ouvindo suas instruções, e estando em feliz meditação. Suas atividades não eram cansativas, antes agradáveis e revigorantes. -- The Signs of the Times, 9 de Janeiro de 1879. VA 49 3 Santos anjos... deram instruções a Adão e Eva no tocante a suas atividades, e também lhes falaram acerca da rebelião e queda de Satanás. -- Spiritual Gifts 1:20. VA 49 4 Adão estava diante de Deus na força da perfeita varonilidade, tendo todos os órgãos e faculdades de seu ser plenamente desenvolvidos e harmoniosamente equilibrados. Achava-se ele circundado de coisas belas e conversava diariamente com os santos anjos. -- The Spirit of Prophecy 2:88. VA 49 5 A lei de Deus existia antes que o homem fosse criado. Foi adaptada à condição de seres santos. Mesmo os anjos eram governados por ela. -- The Signs of the Times, 15 de Abril de 1886. VA 50 1 O homem devia ser testado e provado; se suportasse a prova divina e permanecesse leal e fiel depois desta primeira prova, não deveria ser afligido por contínua tentação, antes seria exaltado a uma posição igual à dos anjos, revestido da imortalidade. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. Satanás planeja provocar a queda do homem VA 50 2 [Satanás] informou [seus anjos] de seus planos para separar de Deus o nobre Adão e sua companheira Eva. Se fosse possível, de algum modo, induzi-los à desobediência, Deus faria provisões por meio das quais o ser humano seria perdoado, e assim o próprio Satanás e seus anjos teriam melhores chances de compartilhar da misericórdia de Deus. Se isto falhasse, poderiam unir-se a Adão e Eva, já que estes, uma vez chegando a transgredir a lei de Deus, estariam também sujeitos à ira divina, como os anjos caídos. Se transgredissem, estariam igualmente num estado de rebelião; os anjos rebeldes poderiam unir-se a eles, tomar posse do jardim do Éden e transformá-lo em seu lar. Se conseguissem acesso à árvore da vida que se encontrava no meio do jardim, sua força seria -- pensavam eles -- igual à dos anjos leais, e nem mesmo Deus seria capaz de expulsá-los dali. VA 50 3 Satanás manteve consulta com seus anjos maus. Nem todos se dispuseram prontamente a unir-se a ele nessa obra arriscada e terrível. Ele lhes contou que não confiaria a nenhum deles tal trabalho; pensava que somente ele mesmo possuía sabedoria suficiente para levar avante um tão importante empreendimento. Gostaria que eles refletissem sobre o assunto enquanto ele próprio se retiraria a fim de amadurecer os planos. ... VA 51 1 Satanás ficou só a fim de aperfeiçoar os planos que seguramente resultariam na queda de Adão e Eva. Estremeceu ao pensar que submergiria o santo e feliz par na miséria e remorso que ele mesmo estava agora suportando. Pareceu indeciso; em alguns momentos firme e determinado, noutros hesitante e vacilante. Seus anjos o procuraram para informá-lo da decisão que haviam tomado. Sim, unir-se-iam a ele e compartilhariam com ele da responsabilidade e das conseqüências. VA 51 2 Satanás lançou para longe seus sentimentos de desespero e fraqueza e, como líder, fortaleceu-se para enfrentar a situação e empreender tudo que estivesse a seu alcance para desafiar a autoridade de Deus e de Seu Filho. -- The Spirit of Prophecy 1:31-33. VA 51 3 Satanás declarou que demonstraria ante os mundos criados por Deus e perante as inteligências celestiais, que é impossível guardar a lei de Deus. -- The Review and Herald, 3 de Setembro de 1901. VA 51 4 Deus reuniu a multidão angélica para tomar medidas e impedir o perigo ameaçador. Ficou decidido no concílio celestial que anjos deviam visitar o Éden e advertir Adão e Eva de que o jardim estava em perigo pela presença de um adversário. Assim, dois anjos apressaram-se em visitar nossos primeiros pais. -- The Signs of the Times, 16 de Janeiro de 1879. VA 51 5 Mensageiros celestiais expuseram-lhes [a Adão e Eva] a história da queda de Satanás, e suas tramas para sua destruição, explicando mais completamente a natureza do governo divino, que o príncipe do mal estava procurando transtornar. ... VA 51 6 Os anjos os advertiram a que estivessem de sobreaviso contra os ardis de Satanás; pois seus esforços para os enredar seriam incansáveis. Enquanto fossem obedientes a Deus, o maligno não lhes poderia fazer mal; pois sendo necessário, todos os anjos do Céu seriam enviados em seu auxílio. Se com firmeza repelissem suas primeiras insinuações, estariam tão livres de perigo como os mensageiros celestiais. Se, porém, cedessem uma vez à tentação, sua natureza se tornaria tão depravada que não teriam em si poder nem disposição para resistir a Satanás. -- Patriarcas e Profetas, 52, 53. VA 52 1 Os anjos preveniram Eva de que não se separasse de seu marido em suas ocupações, pois poderia ser posta em contato com o inimigo caído. Ao separarem-se um do outro, estariam em maior perigo do que se permanecessem juntos. Os anjos insistiram que eles seguissem bem de perto as instruções dadas por Deus no tocante à árvore do conhecimento, pois na obediência perfeita estariam seguros. E o inimigo caído somente poderia ter acesso a eles junto à árvore do conhecimento do bem e do mal. VA 52 2 Adão e Eva asseguraram aos anjos que jamais transgrediriam o expresso mandamento de Deus, pois era seu maior deleite cumprir a vontade dEle. Os anjos uniram-se a Adão e Eva em santos acordes de harmoniosa música, e enquanto seus cânticos ressoavam cheios de alegria pelo Éden, Satanás ouviu o som destas melodias de adoração ao Pai e ao Filho. Ouvindo-as, sua inveja, ódio e malignidade aumentaram, e ele expressou a seus seguidores a ansiedade de incitá-los [Adão e Eva] à desobediência. -- The Spirit of Prophecy 1:34, 35. Satanás fala a Eva através de uma serpente VA 52 3 A fim de realizar a sua obra sem que fosse percebido, Satanás preferiu fazer uso da serpente como médium, disfarce este bem adaptado ao seu propósito de enganar. A serpente era então uma das mais prudentes e belas criaturas da Terra. Tinha asas, e enquanto voava pelos ares apresentava uma aparência de brilho deslumbrante, tendo a cor e o brilho de ouro polido. -- Patriarcas e Profetas, 53. VA 53 1 Eva afastou-se do esposo, admirando as belezas da Natureza na criação de Deus, deleitando seus sentidos com as cores e fragrâncias das flores e o encanto das árvores e arbustos. Pensava ela na restrição imposta por Deus no tocante à árvore do conhecimento. Comprazia-se na beleza e abundância providas por Deus para a satisfação de todas as necessidades. Tudo isto, disse ela, Deus forneceu para o nosso deleite. Tudo é nosso, pois Ele disse: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás." Gênesis 2:16, 17. VA 53 2 Eva aproximou-se da árvore proibida, sentindo-se curiosa por saber como podia a morte esconder-se no fruto de tão formosa árvore. Surpreendeu-se ao escutar suas próprias dúvidas repetidas por uma voz estranha: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?" Gênesis 3:1. Eva não se apercebera de que revelara seus pensamentos ao falar em voz audível consigo mesma, pelo que se assombrou grandemente ao ouvir suas dúvidas repetidas por uma serpente. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. VA 54 3 Com palavras suaves e melodiosas, e com voz musical, [Satanás] dirigiu-se à maravilhada Eva. Ela se sobressaltou ao ouvir uma serpente falar. Esta exaltava a beleza e excessivo encanto [da mulher], o que não desagradou a Eva. VA 54 1 Eva sentiu-se encantada, lisonjeada, bajulada. -- The Spirit of Prophecy 1:35, 36. VA 54 2 [Eva] realmente pensou que a serpente possuía conhecimento dos seus pensamentos [da mulher], e que por isso devia ser muito sábia. Sua resposta foi: "Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas, do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." Gênesis 3:2-5. VA 54 3 Aqui o pai da mentira fez sua afirmativa em aberta contradição à expressa palavra de Deus. Satanás assegurou a Eva que ela fora criada imortal, e que não existia a possibilidade de ela morrer. Disse-lhe que Deus sabia que, se comessem do fruto da árvore do conhecimento, seu entendimento seria iluminado, expandido, enobrecido, tornando-os semelhantes ao próprio Deus. ... Eva pensou que existia sabedoria nas palavras da serpente. ... Contemplou com ardente desejo a árvore carregada de frutos, que pareciam deliciosos. A serpente os estava comendo com aparente deleite. VA 54 4 Eva havia ultrapassado as palavras da ordem divina. Deus dissera a Adão e Eva: "Mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás." Gênesis 2:17. Na controvérsia com a serpente, Eva acrescentou: "Nem nele tocareis, para que não morrais." Gênesis 3:3. Aqui pode ser percebida a sutileza da serpente. Esta declaração de Eva deu a Satanás uma vantagem. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. VA 55 1 Participando dessa árvore, declarou ele [Satanás], atingiriam uma esfera mais elevada de existência, e entrariam para um campo mais vasto de saber. Ele próprio havia comido do fruto proibido, e como resultado adquirira o dom da fala. E insinuou que o Senhor intencionalmente desejava privá-los do mesmo, para que não acontecesse serem exaltados à igualdade para com Ele. -- Patriarcas e Profetas, 54. VA 55 2 A curiosidade de Eva despertou-se. Em vez de escapar do local, ficou ouvindo a serpente falar. Não ocorreu à sua mente que este pudesse ser o inimigo decaído, utilizando a serpente como médium. -- The Spirit of Prophecy 1:36. VA 55 3 Com que intenso interesse o Universo inteiro contemplou o conflito que decidiria a situação de Adão e Eva! Quão atentamente os anjos ouviram as palavras de Satanás, o originador do pecado, enquanto ele colocava suas próprias idéias acima dos mandamentos divinos, procurando tornar sem efeito a lei de Deus por meio de seu enganoso raciocínio! Quão ansiosamente aguardaram para ver se o santo par seria enganado pelo tentador, cedendo às suas artimanhas! ... VA 55 4 Satanás representou a Deus como um enganador, como alguém que deseja destituir Suas criaturas dos benefícios de Seu mais exaltado dom. Os anjos escutaram com pesar e assombro essa declaração quanto ao caráter de Deus, enquanto Satanás O representava como possuindo os seus próprios miseráveis atributos. Eva, porém, não se horrorizou ao ouvir o santo e supremo Deus sendo assim falsamente acusado. Se ela houvesse... relembrado todas as demonstrações de Seu amor, se houvesse corrido em direção ao esposo, poderia haver-se salvado da tentação sutil do maligno. -- The Signs of the Times, 12 de Maio de 1890. VA 56 1 O tentador colheu um fruto e passou-o a Eva. Ela tomou-o nas mãos. Veja, disse o tentador, vocês foram proibidos de até mesmo tocar o fruto, pois morreriam. Ele lhe disse que ela não correria maior perigo comendo-o, do que tocando-o ou manuseando-o. Eva foi encorajada, pois não sentiu de imediato os sinais do desagrado divino. Pensou que as palavras do tentador eram inteiramente sábias e corretas. Comeu, e ficou encantada com o fruto. Este lhe pareceu agradável ao paladar, e ela começou a imaginar como seria sentir em si mesma os maravilhosos efeitos do mesmo. -- The Spirit of Prophecy 1:38. VA 56 2 Nada havia de venenoso no fruto da árvore do conhecimento em si, nada que pudesse causar a morte ao ser ele comido. A árvore havia sido colocada no jardim como uma prova da lealdade deles a Deus. -- The Signs of the Times, 13 de Fevereiro de 1896. Eva come o fruto e tenta seu esposo VA 56 3 Eva comeu e imaginou estar experimentando as sensações de uma vida nova e mais exaltada. ... Não percebeu nenhum efeito adverso, nada que pudesse ser interpretado como significando morte e sim, conforme assegurara a serpente, uma prazerosa sensação, que ela imaginou ser a mesma experimentada pelos anjos. -- Testimonies for the Church 3:72. VA 56 4 Ela tomou então o fruto e o comeu, imaginando sentir o revigorante poder de uma nova e exaltada existência, como resultado da influência estimulante do fruto proibido. Achava-se num estranho e antinatural estado de entusiasmo quando procurou o esposo com as mãos cheias do fruto proibido. Relatou-lhe o sábio discurso da serpente e manifestou o desejo de levá-lo imediatamente para junto da árvore do conhecimento. Contou-lhe que comera do fruto, e que em lugar de experimentar uma sensação de morte, sentia uma influência prazenteira e estimulante. Tão logo desobedeceu, tornou-se Eva um poderoso meio para ocasionar a queda do esposo. -- The Spirit of Prophecy 1:38, 39. VA 57 1 Uma expressão de tristeza sobreveio ao rosto de Adão. Mostrou-se atônito e alarmado. Às palavras de Eva replicou que isto devia ser o adversário contra quem haviam sido advertidos; e pela sentença divina ela deveria morrer. Em resposta insistiu com ele para comer, repetindo as palavras da serpente, de que certamente não morreriam. Ela raciocinava que isto deveria ser verdade, pois que não sentia evidência alguma do desagrado de Deus. ... VA 57 2 Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de Deus, desrespeitara a única proibição a eles imposta como prova de sua fidelidade e amor. Teve uma terrível luta íntima. Lamentava que houvesse permitido desviar-se Eva de seu lado. Agora, porém, a ação estava praticada; devia separar-se daquela cuja companhia fora sua alegria. Como poderia suportar isto? ... Resolveu partilhar sua sorte; se ela devia morrer, com ela morreria ele. Afinal, raciocinou, não poderiam ser verdadeiras as palavras da sábia serpente? Eva estava diante dele, tão bela, e aparentemente tão inocente como antes deste ato de desobediência. Exprimia maior amor para com ele do que antes. Nenhum sinal de morte aparecia nela, e ele se decidiu a afrontar as conseqüências. Tomou o fruto, e o comeu rapidamente. VA 58 1 Depois da sua transgressão, Adão a princípio imaginou-se passando para uma condição mais elevada de existência. Mas logo o pensamento de seu pecado o encheu de terror. O ar que até ali havia sido de uma temperatura amena e uniforme, parecia resfriar o culposo par. Desapareceram o amor e paz que haviam desfrutado, e em seu lugar experimentavam uma intuição de pecado, um terror pelo futuro, uma nudez de alma. -- Patriarcas e Profetas, 56, 57. VA 58 2 Satanás exultou com seu êxito. Tinha agora tentado a mulher a descrer do amor de Deus, a questionar Sua sabedoria e a procurar penetrar em Seus oniscientes planos. Por intermédio dela causara também a ruína de Adão, o qual, em conseqüência de seu amor por Eva, desobedeceu ao mandado divino e caiu com ela. -- The Spirit of Prophecy 1:42. VA 58 3 Satanás, o anjo caído, havia declarado que ninguém podia guardar a lei de Deus. Apontou agora à desobediência de Adão como prova da veracidade de sua declaração. -- The Signs of the Times, 10 de Abril de 1893. VA 58 4 Satanás... gabou-se orgulhosamente de que o mundo criado por Deus era seu domínio. Havendo conquistado Adão, o soberano do mundo, ganhara toda a raça humana como seus súditos. Possuiria o jardim do Éden e o transformaria em seu quartel-general. Ali estabeleceria seu trono para ser o soberano do mundo. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. O concílio de paz VA 59 1 As notícias da queda do homem espalharam-se pelo Céu. Todas as harpas emudeceram. Os anjos depuseram, com tristeza, as coroas da cabeça. Todo o Céu estava em agitação. -- The Spirit of Prophecy 1:42. VA 59 2 Realizou-se um concílio para decidir o que teria de ser feito com o culposo par. -- Spiritual Gifts 3:44. VA 59 3 A ansiedade dos anjos parecia ser intensa enquanto Jesus Se comunicava com Seu Pai. Três vezes foi encerrado pela luz gloriosa que havia em redor do Pai; e na terceira vez Ele veio de Seu Pai, e podia-se ver a Sua pessoa. ... Fez então saber à multidão angélica que um meio de livramento fora estabelecido para o homem perdido. Dissera-lhes que estivera a pleitear com Seu Pai, e oferecera-Se para dar Sua vida como resgate, e tomar sobre Si a sentença de morte, a fim de que por meio dEle o homem pudesse encontrar perdão. ... VA 59 4 A princípio os anjos não puderam regozijar-se, pois seu Comandante nada escondeu deles, mas desvendou-lhes o plano da salvação. Jesus lhes disse que... deixaria toda a Sua glória no Céu, apareceria na Terra como um homem, humilhar-Se-ia como um homem, ... e que, finalmente, depois que Sua missão como ensinador se cumprisse, seria entregue nas mãos dos homens, e suportaria quantas crueldades e sofrimentos Satanás e seus anjos pudessem inspirar ímpios homens a infligir; que Ele morreria a mais cruel das mortes, suspenso entre o céu e a terra, como um pecador criminoso; que sofreria terríveis horas de agonia, a qual nem mesmo os anjos poderiam contemplar, mas esconderiam seu rosto dessa cena. ... VA 60 1 Os anjos prostraram-se diante dEle. Ofereceram a vida deles. Jesus lhes disse que pela Sua morte salvaria a muitos; que a vida de um anjo não poderia pagar a dívida. Sua vida unicamente poderia ser aceita por Seu Pai como resgate pelo homem. -- Primeiros Escritos, 149, 150. VA 60 2 Os anjos temiam que [Adão e Eva] estendessem a mão, comessem da árvore da vida e imortalizassem assim sua vida pecaminosa. Deus, porém, lhes disse que expulsaria os transgressores do jardim. Imediatamente foram comissionados anjos para guardarem o caminho da árvore da vida. -- Spiritual Gifts 1:22. VA 60 3 Os anjos que haviam sido comissionados para guardarem a Adão em seu lar edênico antes da transgressão e expulsão do Paraíso, agora receberam o encargo de guardar as portas deste, protegendo assim o acesso à árvore da vida. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. VA 60 4 Quando Adão e Eva compreenderam quão exaltada e santa era a lei de Deus, a ponto de a sua transgressão requerer dispendioso sacrifício para salvá-los e à sua posteridade da ruína total, suplicaram sua própria morte, ou que eles e sua posteridade fossem deixados a sofrer a punição de sua transgressão, de preferência a que o amado Filho de Deus fizesse esse grande sacrifício. ... VA 60 5 Adão foi informado de que a vida de um anjo não poderia pagar o débito. A lei de Jeová, o fundamento de Seu governo no Céu e na Terra, era tão sagrada como Ele próprio; por esta razão, a vida de um anjo não podia ser aceita por Deus como sacrifício por sua transgressão. ... O Pai não podia abolir ou mesmo modificar um único preceito de Sua lei para socorrer o homem em sua condição decaída. Mas o Filho de Deus, que em união com o Pai criara o homem, poderia efetuar uma expiação aceitável a Deus. ... VA 61 1 Quando Adão, de acordo com as especiais determinações de Deus, fez uma oferta pelo pecado, foi para ele a mais penosa cerimônia. Sua mão teria de erguer-se para tirar a vida que somente Deus podia dar, e fazer uma oferta pelo pecado. Foi esta a primeira vez em que testemunhou a morte. Enquanto olhava para a vítima ensangüentada, debatendo-se nas agonias da morte, deveria contemplar pela fé o Filho de Deus, a quem a vítima prefigurava. -- The Spirit of Prophecy 1:50-53. Adão e Eva expulsos do Éden VA 61 2 [Adão e Eva] foram informados de que tinham perdido seu lar edênico. ... Não era seguro permanecer no jardim do Éden, pois em seu estado pecaminoso poderiam ter acesso à árvore da vida. -- The Spirit of Prophecy 1:44. VA 61 3 Encarecidamente rogaram para que pudessem permanecer no lar de sua inocência e alegria. Confessaram que haviam perdido todo o direito àquela feliz morada, mas comprometeram-se para no futuro prestar estrita obediência a Deus. Declarou-se-lhes, porém, que sua natureza ficara depravada pelo pecado; haviam diminuído sua força para resistir ao mal, e aberto o caminho para Satanás ganhar mais fácil acesso a eles. Em sua inocência tinham cedido à tentação; e agora, em estado de culpa consciente, teriam menos poder para manter sua integridade. VA 62 1 Com humildade e indizível tristeza despediram-se de seu belo lar, e saíram para habitar na Terra, onde repousava a maldição do pecado. -- Patriarcas e Profetas, 61. VA 62 2 Santos anjos foram enviados para conduzir o desobediente casal para fora do jardim, enquanto outros anjos guardavam o caminho da árvore da vida. Cada um destes poderosos anjos sustentava na mão direita uma espada resplandecente. -- Spiritual Gifts 3:45. VA 62 3 Fortes anjos, com raios de luz que pareciam espadas flamejantes movendo-se em todas as direções, foram colocados como sentinelas para proteger o caminho da árvore da vida, para evitar que Satanás ou o culposo par se aproximassem. -- The Review and Herald, 24 de Fevereiro de 1874. VA 62 4 Era plano bem estudado de Satanás que Adão e Eva desobedecessem a Deus, recebessem Sua desaprovação e então participassem da árvore da vida, de modo que se perpetuasse uma vida de pecado. Mas santos anjos foram enviados para vigiar o caminho da árvore da vida. Em redor desses anjos brilhavam raios de luz, com a aparência de espadas flamejantes. -- The Spirit of Prophecy 1:44. VA 62 5 Depois da queda, Satanás ordenou a seus anjos efetuarem especial esforço para fomentar a crença na imortalidade natural do homem. Depois de serem induzidos a crer neste erro, levou-os a concluir que os pecadores viveriam em eterna miséria. -- The Spirit of Prophecy 4:354. ------------------------Capítulo 6 -- Os anjos antes e depois do dilúvio O plano da salvação é explicado mais amplamente VA 63 1 Anjos mantiveram comunicação com Adão após a queda, informando-o acerca do plano da salvação, e que a raça humana não se encontrava para além da possibilidade de redenção. -- Spiritual Gifts 3:52. VA 63 2 Anjos informaram a Adão que, assim como a sua transgressão tinha produzido morte e infelicidade, vida e imortalidade seriam produzidas mediante o sacrifício de Jesus Cristo. -- The Spirit of Prophecy 1:51. VA 63 3 O jardim do Éden permaneceu sobre a Terra muito tempo depois que o homem fora expulso de suas deleitáveis veredas. Gênesis 4:16. Foi permitido à raça decaída por muito tempo contemplar o lar da inocência, estando a sua entrada vedada apenas pelos anjos vigilantes. -- Patriarcas e Profetas, 62. Adoração junto à porta guardada pelos querubins VA 63 4 À porta do Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória de Deus, e para ali vinham os primeiros adoradores. ... Foi ali que Caim e Abel trouxeram seus sacrifícios, e Deus condescendeu em comunicar-Se com eles. VA 64 1 O ceticismo não podia negar a existência do Éden enquanto este permanecesse precisamente à vista, com sua entrada vedada pelos anjos vigilantes. A ordem na criação, o objetivo do jardim, a história de suas duas árvores tão intimamente unidas com o destino do homem, eram fatos indiscutíveis. E a existência e suprema autoridade de Deus, a obrigação imposta por Sua lei, eram verdades que os homens foram tardios em pôr em dúvida enquanto Adão esteve entre eles. -- Patriarcas e Profetas, 83, 84. VA 64 2 [Caim e Abel] tinham sido instruídos com respeito à provisão feita para a salvação da raça humana. Deles era requerido que praticassem um sistema de humilde obediência, mostrando sua reverência a Deus e sua fé no Redentor prometido, dependendo dEle, mediante a morte dos primogênitos do rebanho e a solene apresentação do sangue como uma oferta queimada a Deus. ... VA 64 3 [Caim] não estava disposto a seguir estritamente o plano de obediência e procurar um cordeiro e oferecê-lo com os frutos da terra. Meramente tomou do fruto da terra e desrespeitou as exigências de Deus. ... Abel aconselhou seu irmão que não viesse diante do Senhor sem o sangue do sacrifício. Caim, sendo o mais velho, não quis ouvir a seu irmão. ... VA 64 4 Abel trouxe dos primogênitos de seu rebanho e do melhor, como Deus havia ordenado; e cheio de fé no Messias por vir, e com humilde reverência, apresentou sua oferta. Deus a aceitou. Uma luz brilhou do Céu e consumiu a oferta de Abel. Caim não observou manifestação de que sua oferta houvesse sido aceita. Irou-se com o Senhor e com seu irmão. Deus condescendeu em enviar um anjo para conversar com ele. VA 65 1 O anjo inquiriu quanto à razão de sua ira, e informou-o de que se ele fizesse o bem e seguisse as orientações dadas por Deus, Ele o aceitaria e estimaria sua oferta. Mas se ele não se submetesse humildemente aos planos divinos, crendo e obedecendo, Deus não poderia aceitar a oferta. O anjo declarou a Caim que isto não era injustiça da parte de Deus, ou parcialidade mostrada para com Abel, mas que era em virtude de seu pecado e desobediência à expressa ordem de Deus, que Ele não aceitaria a oferta -- e se ele agisse corretamente, seria aceito por Deus. ... Mas mesmo depois de ser assim fielmente instruído, Caim não se arrependeu. ... Em sua inveja e orgulho, contendeu com Abel e o reprovou. ... Enquanto Abel justificava o plano de Deus, Caim tornou-se enraivecido, e sua ira cresceu e ardeu contra Abel, até levá-lo a matar o irmão. -- Spiritual Gifts 3:47-49. Adão e os anjos instruíram os antediluvianos VA 65 2 As vantagens dos homens daquela época [antes do dilúvio] para adquirirem conhecimento de Deus mediante Suas obras, nunca foram desde então igualadas. E, assim, longe de ser uma era de trevas religiosas, foi ela de grande luz. Todo o mundo teve oportunidade de receber instrução de Adão, e os que temiam ao Senhor tinham também a Cristo e os anjos como seus instrutores. -- Patriarcas e Profetas, 83. VA 65 3 Os homens naqueles dias [antes do dilúvio] viviam quase mil anos, e anjos visitavam-nos com instruções provindas diretamente de Cristo. -- Mensagens Escolhidas 1:230. Enoque VA 66 1 Enoque escutou dos lábios de Adão a dolorosa história da queda e a preciosa promessa da condescendente graça de Deus em oferecer o dom de Seu Filho como Redentor do mundo. Creu nela e sobre ela repousou. Enoque era um santo homem. Servia a Deus com singeleza de coração. Compreendeu a corrupção da família humana e separou-se dos descendentes de Caim, reprovando-os por sua grande maldade. ... Sua alma se agitava ao testemunhar diariamente como pisavam a autoridade de Deus. ... Decidiu separar-se deles e gastar muito de seu tempo em solidão, devotando-se à reflexão e oração. Esperava diante de Deus e orava para conhecer mais perfeitamente a Sua vontade, a fim de poder realizá-la. Deus comunicava-se com Enoque por intermédio de Seus anjos, dando-lhe instrução divina. Fez-lhe saber que não suportaria para sempre a rebelião do homem -- que Seu propósito era destruir a raça pecadora pelo derramamento de um dilúvio de água sobre a Terra. VA 66 2 O Senhor abriu mais amplamente para Enoque o plano da salvação, e pelo espírito de profecia transportou-o através de gerações que viveriam depois do dilúvio, e mostrou-lhe os grandes eventos relacionados com o segundo advento de Cristo e o fim do mundo. VA 66 3 Enoque sentira-se perturbado com respeito aos mortos. Parecia-lhe que os justos e os ímpios iriam para o pó juntamente, e que este seria o fim de ambos. Não podia ver claramente a vida do justo além da sepultura. Em visão profética foi instruído com relação ao Filho de Deus, que devia morrer como sacrifício pelo homem, e foi-lhe mostrada a vinda de Cristo nas nuvens do Céu, acompanhado da multidão de anjos, a fim de dar vida aos justos mortos e resgatá-los da sepultura. ... VA 67 1 Enoque fielmente transmitiu ao povo tudo o que Deus lhe havia revelado pelo espírito de profecia. Alguns creram em suas palavras e volveram de sua maldade para o temor e adoração a Deus. -- The Signs of the Times, 20 de Fevereiro de 1879. VA 67 2 [Enoque] escolhia certos períodos para retiro, não desejando que as pessoas o encontrassem, pois elas interrompiam sua santa meditação e comunhão com Deus. Não se excluía permanentemente do convívio social com os que o amavam e ouviam suas palavras de sabedoria; tampouco se apartava completamente dos corruptos. Encontrava-se com os bons e os infiéis a determinados intervalos, labutando para fazer volver os ímpios de seus maus caminhos. -- Spiritual Gifts 3:56. VA 67 3 Enoque continuou a crescer celestialmente enquanto se comunicava com Deus. ... O Senhor amava Enoque porque Ele firmemente O seguia, aborrecendo a iniqüidade, e fervorosamente buscava conhecimento celestial, para fazer com perfeição a Sua vontade. Anelava unir-se ainda mais estreitamente a Deus, a quem temia, reverenciava e adorava. O Senhor não permitiria que Enoque morresse como os demais homens. Enviou anjos para levá-lo ao Céu sem provar a morte. Na presença de justos e ímpios, foi Enoque removido deles. Aqueles que o amavam pensaram que Deus pudesse havê-lo deixado em algum de seus lugares de retiro; entretanto, depois de o procurarem diligentemente, não sendo capazes de encontrá-lo, entenderam que ele não mais seria achado, pois Deus o levara. -- The Signs of the Times, 20 de Fevereiro de 1879. VA 68 1 As flamejantes carruagens de Deus foram enviadas para recolher este santo homem, e ele foi conduzido ao Céu. -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1870. VA 68 2 O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. ... Então fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque, que tinha sido trasladado. Em sua destra tinha uma palma resplendente, e em cada folha estava escrito: "Vitória." Pendia-lhe da cabeça uma grinalda branca, deslumbrante, com folhas, e no meio de cada folha estava escrito: "Pureza", e em redor da grinalda havia pedras de várias cores que resplandeciam mais do que as estrelas, e lançavam um reflexo sobre as letras, realçando-as. Na parte posterior da cabeça havia um arco em que rematava a grinalda, e nele estava escrito: "Santidade." Sobre a grinalda havia uma linda coroa que brilhava mais do que o Sol. Perguntei-lhe se este era o lugar para onde fora transportado da Terra. Ele disse: "Não é; minha morada é na cidade, e eu vim visitar este lugar." -- Primeiros Escritos, 39, 40. VA 68 3 Enoque representa os que ficarão sobre a Terra e serão trasladados sem experimentarem a morte. Representa o grupo que deverá viver entre os perigos dos últimos dias, aqueles que serão rodeados de toda corrupção, vileza, pecado e iniqüidade, mas ainda assim se manterão imaculados. Podemos proceder como Enoque. Foi tomada provisão em nosso favor. ... Anjos de Deus, excelentes em poder, são enviados para ministrar aos herdeiros da salvação. Estes anjos, ao perceberem que estamos fazendo o último esforço possível para sermos vencedores, realizarão a sua parte, e sua luz brilhará em torno de nós, dissipando a influência dos anjos maus que nos rodeiam. Criarão uma fortificação semelhante a muros de fogo à nossa volta. -- The Review and Herald, 19 de Abril de 1870. Noé VA 69 1 Aqueles que viveram nos dias de Noé e Abraão, eram mais semelhantes aos anjos na forma, graça e força. Desde então, cada geração vem se tornando mais fraca. -- Spiritual Gifts 1:69. VA 69 2 Mais de cem anos antes do dilúvio o Senhor mandou um anjo ao fiel Noé para fazê-lo saber que Ele não mais teria misericórdia da raça corrupta. Mas não queria que ignorassem Seu desígnio. Instruiria a Noé e faria dele um fiel pregador para advertir o mundo da breve destruição, de modo que os habitantes da Terra ficassem sem escusas. ... VA 69 3 Anjos foram enviados a recolher das florestas e campos os animais que Deus havia criado. -- The Spirit of Prophecy 1:69, 72. VA 69 4 Os anjos buscaram esses animais e eles os seguiram, de dois em dois, macho e fêmea, sendo que os animais limpos foram de sete em sete. -- Spiritual Gifts 3:67. VA 69 5 Tudo estava pronto para o fechamento da arca, o que não podia ser feito pelo lado de dentro, por Noé. Um anjo foi visto pela multidão escarnecedora, descendo do Céu e revestido de luz deslumbrante, parecida com um relâmpago. Ele fechou a maciça porta, e então tomou outra vez seu caminho em direção ao Céu. -- The Spirit of Prophecy 1:72. Chega o dilúvio VA 70 1 A despeito da solene demonstração do poder de Deus que haviam contemplado, da inusitada presença dos animais que provinham dos bosques e campos em direção à arca, do anjo de Deus que desceu do Céu revestido de terrível majestade e fechou a porta da arca, os antediluvianos endureceram o coração e prosseguiram divertindo-se e zombando das manifestações do poder divino. Entretanto, no oitavo dia os céus se enegreceram. ... A chuva jorrou das nuvens situadas acima deles. Era algo que jamais haviam testemunhado. ... O temporal aumentou em violência até que as águas pareciam jorrar do Céu em cataratas. ... Jatos de água surgiam da terra com indescritível força, lançando maciças rochas a centenas de metros de altura, para em seguida caírem e serem sepultadas nas profundezas da terra. ... VA 70 2 A violência da tempestade aumentou, e por entre a fúria dos elementos escutavam-se os lamentos das pessoas que haviam desprezado a autoridade de Deus. Árvores, construções, rochas e terra eram arremessados em todas as direções. O terror de homens e animais ultrapassava qualquer descrição. Até mesmo Satanás, obrigado a permanecer em meio aos elementos em fúria, temeu por sua vida. ... VA 70 3 Anjos excelentes em poder guiaram a arca e a preservaram do perigo. A cada momento, durante o tenebroso temporal de quarenta dias e quarenta noites, a preservação da arca representou um milagre do Todo-poderoso. -- The Spirit of Prophecy 1:73, 75. Após o dilúvio VA 71 1 Noé e sua família esperaram ansiosamente o rebaixamento das águas. Ele desejava retornar à terra. Enviou um corvo para voar ao exterior, e outra vez de volta à arca. Não obteve a informação desejada, de modo que enviou uma pomba. Esta, não encontrando lugar para pousar, retornou à arca. Depois de sete dias a pomba foi novamente solta, e quando se viu em seu bico uma folha de oliveira, houve grande regozijo por parte daquela família de oito pessoas, que por tanto tempo haviam estado fechados na arca. Novamente um anjo desceu e abriu a porta da arca. Noé podia remover a cobertura do barco, mas não era capaz de abrir a porta que Deus fechara. Deus falou a Noé por intermédio do anjo que abriu a porta, e ordenou àquela família que saísse da arca, levando consigo todos os seres vivos que ali haviam permanecido. ... VA 71 2 Depois de sair da arca, olhou Noé aos fortes animais ferozes que com ele saíram; olhou também para sua família de apenas oito pessoas, e sentiu grande temor de que as feras fossem destruí-los. Mas o Senhor enviou um anjo a Seu servo com esta mensagem: "E será o vosso temor e o vosso pavor sobre todo animal da terra e sobre toda ave dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar na vossa mão são entregues. Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde." Gênesis 9:2, 3. -- The Spirit of Prophecy 1:76, 78, 79. Os construtores da torre de Babel VA 72 1 Alguns dos descendentes de Noé logo começaram a apostatar. ... Alguns descriam da existência de Deus. ... Outros criam que Deus existia. ... Aqueles que eram inimigos de Deus se sentiam diariamente reprovados pela justa conversação e piedosa vida daqueles que amavam, obedeciam e exaltavam a Deus. Os descrentes consultaram entre si e decidiram separar-se dos fiéis. ... Viajaram a uma certa distância daqueles, escolhendo uma vasta planície para habitar. Construíram então uma cidade, e conceberam a idéia da edificação de uma grande torre que alcançasse as nuvens, para que pudessem... não mais ser dispersados. ... Construiriam sua torre a uma altura muito maior do que as águas haviam alcançado durante o dilúvio... e assim seriam como deuses e governadores do povo. ... VA 72 2 Exaltaram-se contra Deus. Ele, porém, não lhes permitiria completar seu trabalho. Tinham construído a torre até grande altura quando o Senhor mandou dois anjos para confundi-los em seu trabalho. ... Os anjos confundiram sua linguagem. ... Depois disso não houve mais harmonia em seu trabalho. Irados uns com os outros, e sem saber a que atribuir os mal-entendidos e estranhas palavras entre eles, abandonaram a empreitada, separaram-se uns dos outros e se espalharam sobre a Terra. Até aquele tempo os homens haviam falado uma única língua. Raios do céu, como um sinal da ira de Deus, quebraram a porção superior da torre, lançando-a por terra. -- The Spirit of Prophecy 1:91-93. ------------------------Capítulo 7 -- Os anjos na era patriarcal Abraão VA 73 1 Deus conferiu grande honra a Abraão. Anjos do Céu andavam e falavam com ele como faz um amigo a outro. -- Patriarcas e Profetas, 138. VA 73 2 O Senhor comunicou Sua vontade a Abraão mediante os anjos. Cristo apareceu diante dele e deu-lhe um distinto conhecimento dos requisitos da lei moral, e da grande salvação que seria levada a cabo por Seu intermédio. -- The Review and Herald, 29 de Abril de 1875. VA 73 3 Depois do nascimento de Ismael, o Senhor manifestou-Se outra vez a Abraão e disse: "Estabelecerei o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo." Gênesis 17:7. Outra vez o Senhor repetiu por intermédio de Seu anjo a promessa de dar um filho a Sara, e que ela seria mãe de muitas nações. -- The Spirit of Prophecy 1:96. VA 73 4 Quando juízos estavam para cair sobre Sodoma, este fato não lhe foi oculto e ele se tornou intercessor junto a Deus pelos pecadores. Sua entrevista com os anjos apresenta também um belo exemplo de hospitalidade. VA 74 1 Na hora de maior calor de um dia de verão, o patriarca estava assentado à porta de sua tenda, olhando para a silenciosa paisagem, quando viu a distância três viajantes aproximando-se. Antes que chegassem à sua tenda, os estranhos pararam, como que consultando a respeito de seu caminho. Sem esperar que pedissem qualquer favor, Abraão levantou-se rápido e, quando aparentemente estavam a tomar outra direção, foi apressado após eles, e com a maior cortesia insistiu que o honrassem, detendo-se um pouco para revigorar as forças. Com as próprias mãos trouxe água para que lavassem de seus pés o pó da viagem. Ele mesmo escolheu o alimento, e, enquanto estavam a descansar à fresca sombra, preparou-se a refeição, e respeitosamente permaneceu-lhes ao lado enquanto participavam de sua hospitalidade. ... VA 74 2 Abraão vira em seus hóspedes apenas três viajantes cansados, mal supondo que entre eles estava Um, a quem poderia adorar sem pecado. Mas o verdadeiro caráter dos mensageiros celestiais foi agora revelado. Se bem que estivessem a caminho como ministros da ira, contudo a Abraão, o homem da fé, falaram a princípio de bênçãos. ... VA 74 3 Abraão tinha honrado a Deus, e o Senhor o honrou, dando-lhe parte em Seus conselhos e revelando-lhe Seus propósitos. ... O Senhor bem sabia a medida do delito de Sodoma; exprimiu-Se, porém, segundo a maneira dos homens, para que a justiça de Seu trato pudesse ser compreendida. Antes de trazer o juízo sobre os transgressores, Ele próprio iria proceder a um exame de sua conduta; se não houvessem passado os limites da misericórdia divina, conceder-lhes-ia tempo para se arrependerem. -- Patriarcas e Profetas, 138, 139. A destruição de Sodoma e Gomorra VA 75 1 Dois dos mensageiros celestes partiram, deixando Abraão só com Aquele que agora soube ser o Filho de Deus. ... Com profunda reverência e humildade insistiu em seu rogo: "Eis que, agora, me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza." Gênesis 18:27. ... Achegou-se ao mensageiro celeste, e instou fervorosamente com a sua petição. Conquanto Ló se tornasse morador em Sodoma, não participava da iniqüidade de seus habitantes. Abraão julgava que naquela populosa cidade deveria haver outros adoradores do verdadeiro Deus. E em vista disto rogou ele: "Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; ... longe de Ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a Terra?" Gênesis 18:25. Abraão não pediu simplesmente uma vez, mas muitas vezes. Tornando-se mais ousado, ao serem satisfeitos os seus pedidos, continuou até obter certeza de que, se mesmo dez pessoas justas pudessem achar-se nela, a cidade seria poupada. -- Patriarcas e Profetas, 139, 140. Dois anjos visitam Ló VA 75 2 Ao entardecer, dois estrangeiros se aproximaram da porta da cidade. Eram aparentemente viajantes, vindo para pernoitarem. Ninguém poderia discernir naqueles humildes viajantes os poderosos arautos do juízo divino, e mal sonhava a multidão alegre e descuidada que, em seu tratamento a esses mensageiros celestiais naquela mesma noite, atingiriam o auge do crime que condenou sua orgulhosa cidade. Houve, porém, um homem que manifestou amável atenção para com os estranhos, e os convidou para sua casa. Ló não sabia do verdadeiro caráter deles, mas a polidez e a hospitalidade eram nele habituais. -- Patriarcas e Profetas, 158. VA 76 1 Os anjos revelaram a Ló o objetivo de sua missão: "Nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem engrossado diante da face do Senhor, e o Senhor nos enviou a destruí-lo." Gênesis 19:13. Os estranhos que Ló se esforçara por proteger, prometeram agora protegê-lo, e salvar também todos os membros de sua família que com ele fugissem da ímpia cidade. ... Ló foi avisar seus filhos. Repetiu as palavras dos anjos: "Levantai-vos; saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade." Gênesis 19:14. Mas ele lhes pareceu como quem zombava. ... VA 76 2 Ló voltou triste para casa, e contou a história de seu insucesso. Então os anjos o mandaram levantar-se, e tomar a esposa e duas filhas que ainda estavam em casa, e deixar a cidade. ... Pasmo pela tristeza, demorava-se, relutante em partir. Não fossem os anjos de Deus, todos teriam perecido na ruína de Sodoma. Os mensageiros celestiais tomaram pela mão a ele, sua esposa e filhas, e os levaram fora da cidade. VA 76 3 Ali os anjos os deixaram, e voltaram a Sodoma para cumprirem sua obra de destruição. Um outro -- Aquele com quem Abraão estivera a pleitear -- aproximou-Se de Ló. ... VA 76 4 O Príncipe do Céu estava a seu lado, contudo rogava ele pela sua vida como se Deus, que manifestara tal cuidado e amor para com ele, não mais o guardasse. Deveria ter-se confiado inteiramente ao Mensageiro divino, entregando sua vontade e sua vida nas mãos do Senhor, sem duvidar ou discutir. Mas, semelhante a tantos outros, esforçou-se por fazer planos por si. ... VA 77 1 De novo foi dada a ordem solene de apressar-se, pois a terrível tormenta demorar-se-ia apenas um pouco mais. Mas um dos fugitivos [a esposa de Ló] aventurou-se a lançar um olhar para trás, para a cidade condenada, e se tornou um monumento do juízo de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 159-161. Abraão é provado VA 77 2 Quando Abraão tinha quase cem anos de idade, a promessa de um filho foi-lhe repetida, com a informação de que o futuro herdeiro seria filho de Sara. ... O nascimento de Isaque, trazendo a realização de suas mais caras esperanças, após uma espera da duração de uma vida, encheu de alegria as tendas de Abraão e Sara. ... VA 77 3 Sara viu na disposição turbulenta de Ismael uma fonte perpétua de discórdias, e apelou para Abraão, insistindo que Hagar e Ismael fossem despedidos do acampamento. O patriarca foi lançado em grande angústia. Como poderia banir a Ismael, seu filho, ainda ternamente amado? Em sua perplexidade rogou a orientação divina. O Senhor, por meio de um santo anjo, determinou-lhe satisfazer o desejo de Sara. ... E o anjo lhe fez a promessa consoladora de que, ainda que separado do lar de seu pai, Ismael não seria abandonado por Deus; sua vida seria preservada, e ele se tornaria o pai de uma grande nação. Abraão obedeceu à palavra do anjo, mas não sem uma dor aguda. -- Patriarcas e Profetas, 146, 147. VA 78 1 Deus havia chamado Abraão para ser o pai dos fiéis, e sua vida devia ser um exemplo de fé para as gerações subseqüentes. Mas sua fé não tinha sido perfeita. ... Para que atingisse a mais elevada norma, Deus o sujeitou a outra prova, a mais severa que o homem jamais foi chamado a suportar. Em uma visão da noite foi-lhe determinado que se dirigisse à terra de Moriá, e ali oferecesse seu filho em holocausto sobre um monte que lhe seria mostrado. ... VA 78 2 A ordem foi expressa em palavras que deveriam ter contorcido angustiosamente aquele coração de pai: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, ... e oferece-o ali em holocausto." Gênesis 22:2. Isaque era-lhe a luz do lar, a consolação da velhice, e acima de tudo o herdeiro da bênção prometida. ... VA 78 3 Satanás estava a postos para sugerir que ele devia estar enganado, pois que a lei divina ordena: "Não matarás" (Êxodo 20:13), e Deus não exigiria o que uma vez proibira. Saindo ao lado de sua tenda, Abraão olhou para o calmo resplendor do céu sem nuvens, e lembrou-se da promessa feita quase cinquenta anos antes, de que sua semente seria numerosa como as estrelas. Se esta promessa devia cumprir-se por meio de Isaque, como poderia ele ser morto? Abraão foi tentado a crer que poderia estar iludido. ... Lembrou-se dos anjos enviados para revelar-lhe o propósito de Deus de destruir Sodoma, e que lhe trouxeram a promessa deste mesmo filho Isaque, e foi para o lugar em que várias vezes encontrara os mensageiros celestiais, esperando encontrá-los outra vez, e receber algumas instruções mais; mas nenhum veio em seu socorro. -- Patriarcas e Profetas, 147, 148. VA 79 1 Durante todo o dia esperou que um anjo viesse abençoá-lo e confortá-lo ou, talvez, revogar o mandado divino, mas nenhum mensageiro de misericórdia apareceu. ... Um segundo longo dia encerrou-se, outra noite sem dormir é gasta em humilhação e prece, e começa a jornada do terceiro dia. -- The Signs of the Times, 1 de Abril de 1875. VA 79 2 No lugar indicado construíram o altar, e sobre o mesmo colocaram a lenha. Então, com voz trêmula, Abraão desvendou a seu filho a mensagem divina. Foi com terror e espanto que Isaque soube de sua sorte; mas não opôs resistência. ... Era participante da fé de Abraão, e sentia-se honrado sendo chamado a dar a vida em oferta a Deus. ... VA 79 3 E agora as últimas palavras de amor são proferidas, as últimas lágrimas derramadas, o último abraço dado. O pai levanta o cutelo para matar o filho, quando o braço subitamente lhe é detido. Um anjo de Deus chama do Céu o patriarca: "Abraão, Abraão!" Ele rapidamente responde: "Eis-me aqui." Gênesis 22:11. E de novo se ouve a voz: "Não estendas a tua mão sobre o moço e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus e não Me negaste o teu filho, o teu único." Gênesis 22:12. ... VA 79 4 Deus deu Seu Filho a uma morte de angústia e ignomínia. Aos anjos que testemunharam a humilhação e angústia de alma do Filho de Deus, não foi permitido intervirem, como no caso de Isaque. Não houve nenhuma voz a clamar: "Basta." A fim de salvar a raça decaída, o Rei da glória rendeu a vida. ... VA 80 1 Seres celestiais foram testemunhas daquela cena em que a fé de Abraão e a submissão de Isaque foram provadas. ... O Céu inteiro contemplava com espanto e admiração a estrita obediência de Abraão. O Céu todo aplaudiu sua fidelidade. As acusações de Satanás demonstraram-se falsas. ... VA 80 2 Tinha sido difícil, mesmo para os anjos, apreender o mistério da redenção, isto é, compreender que o Comandante do Céu, o Filho de Deus, devia morrer pelo homem culposo. Quando foi dada a Abraão a ordem para oferecer seu filho, isto assegurou o interesse de todos os entes celestiais. Com ânsia intensa, observavam cada passo no cumprimento daquela ordem. Quando à pergunta de Isaque -- "Onde está o cordeiro para o holocausto?" Abraão respondeu: "Deus proverá para Si o cordeiro" (Gênesis 22:7, 8), e quando a mão do pai foi detida estando a ponto de matar seu filho, e fora oferecido o cordeiro que Deus provera em lugar de Isaque, derramou-se então luz sobre o mistério da redenção, e mesmo os anjos compreenderam mais claramente a maravilhosa providência que Deus tomara para a salvação do homem. -- Patriarcas e Profetas, 152, 154, 155. O casamento de Isaque VA 80 3 No espírito de Abraão, a escolha de uma esposa para seu filho era assunto de muita importância; estava desejoso de que ele se casasse com uma que não o afastasse de Deus. ... VA 80 4 Isaque, confiando na sabedoria e afeição de seu pai, estava satisfeito com a entrega desta questão a ele, crendo também que o próprio Deus dirigiria na escolha a fazer-se. Os pensamentos do patriarca volveram para os parentes de seu pai, na terra de Mesopotâmia. ... Abraão confiou este importante assunto "ao seu servo, o mais velho" [Eliézer] (Gênesis 24:2), homem de piedade, experiência, e juízo são, que lhe havia prestado prolongado e fiel serviço. ... "O Senhor, Deus dos Céus", disse ele, "que me tomou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, ... enviará o Seu anjo adiante da tua face." Gênesis 24:7. VA 81 1 O mensageiro partiu sem demora. ... Chegando a Harã, "a cidade de Naor" (Gênesis 24:10), parou fora dos muros, perto do poço aonde vinham as mulheres do lugar, à tarde, a buscar água. ... Lembrando-se das palavras de Abraão, de que Deus enviaria com ele o Seu anjo, orou fervorosamente pedindo uma direção positiva. Na família de seu senhor ele estava acostumado ao exercício constante da bondade e hospitalidade, e agora pediu que um ato de cortesia indicasse a jovem que Deus escolhera. VA 81 2 Apenas proferira a oração, e a resposta fora dada. Entre as mulheres que estavam reunidas junto ao poço, as maneiras corteses de uma [Rebeca] atraíram sua atenção. Retirando-se ela do poço, o estranho foi ao seu encontro, pedindo um pouco de água do cântaro sobre os seus ombros. O pedido recebeu amável resposta, juntamente com um oferecimento para tirar água para os camelos também, serviço este que era costume mesmo às filhas dos príncipes fazerem para os rebanhos e gado de seus pais. Assim foi dado o sinal desejado. ... VA 81 3 Abraão morava em Berseba, e Isaque, que estivera cuidando dos rebanhos nos territórios circunvizinhos, voltara à tenda de seu pai a fim de esperar a chegada do mensageiro, de Harã. "E Isaque saíra a orar no campo, sobre a tarde. ... E o servo contou a Isaque todas as coisas que fizera. E Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e amou-a." Gênesis 24:63, 66, 67. -- Patriarcas e Profetas, 171-173. Jacó e Esaú VA 82 1 Jacó e Esaú, os filhos gêmeos de Isaque, apresentam um notável contraste, tanto no caráter como na vida. Esta dessemelhança foi predita pelo anjo de Deus antes de seu nascimento. Quando em resposta à aflita oração de Rebeca, ele declarou que dois filhos lhe seriam dados, revelou-lhe a história futura dos mesmos, de que cada um se tornaria a cabeça de uma poderosa nação, mas que um seria maior do que o outro, e que o mais novo teria preeminência. ... VA 82 2 Isaque... declarou que Esaú, como o mais velho, era o que tinha direito à primogenitura. Esaú, porém, não tinha amor à devoção nem inclinação para uma vida religiosa. ... Rebeca lembrava-se das palavras do anjo, e... estava convicta de que a herança da promessa divina destinava-se a Jacó. Ela repetia a Isaque as palavras do anjo; mas as afeições do pai centralizavam-se no filho mais velho, e ele era inabalável em seu propósito. -- Patriarcas e Profetas, 177, 178. VA 82 3 Jacó soubera por sua mãe da indicação divina de que a primogenitura lhe recairia, e encheu-se de um indescritível desejo de obter os privilégios que a mesma conferia. Não era a posse da riqueza de seu pai o que ele desejava ansiosamente; a primogenitura espiritual era o objeto de seu anelo. ... VA 83 1 Quando Esaú, um dia, voltando da caça desfalecido e cansado, pediu o alimento que Jacó estava preparando, este... ofereceu-se para matar a fome de seu irmão pelo preço da primogenitura. "Eis que estou a ponto de morrer", exclamou o caçador descuidado e condescendente consigo mesmo, "e para que me servirá logo a primogenitura?" Gênesis 25:32. E por um prato de guisado vermelho desfez-se de sua primogenitura. ... VA 83 2 Jacó e Rebeca foram bem-sucedidos em seu propósito, mas ganharam apenas inquietações e tristeza por seu engano. Deus declarara que Jacó receberia a primogenitura, e Sua palavra ter-se-ia cumprido ao tempo que Lhe aprouvesse, se tivessem pela fé esperado por Ele a fim de operar em favor deles. ... VA 83 3 Ameaçado de morte pela ira de Esaú, Jacó saiu da casa de seu pai como fugitivo. ... A noite do dia seguinte encontrou-o longe das tendas de seu pai. Sentia-se como um rejeitado; e sabia que toda esta inquietação fora trazida sobre ele pelo seu próprio procedimento errado. As trevas do desespero oprimiam-lhe a alma, e atrevia-se dificilmente a orar. Mas achava-se tão completamente só que sentiu necessidade da proteção de Deus, como nunca antes a sentira. Com pranto e profunda humilhação confessou seu pecado, e rogou uma prova de que ele não estava inteiramente abandonado. ... VA 83 4 Mas Deus não abandonou Jacó. ... O Senhor, com compaixão, revelou precisamente o que Jacó necessitava -- um Salvador. ... Cansado da jornada, o viajante deitou-se no chão, tendo uma pedra como travesseiro. Dormindo, viu uma escada, brilhante e resplendente, cuja base repousava na terra, enquanto o topo alcançava o Céu. Por esta escada, anjos estavam a subir e a descer; por sobre ela estava o Senhor da glória, e dos Céus foi ouvida a Sua voz: "Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque." Gênesis 28:13. ... VA 84 1 Nesta visão o plano da redenção foi apresentado a Jacó. ... A escada representa Jesus, o meio designado para a comunicação. Não houvesse Ele com Seus próprios méritos estabelecido uma passagem através do abismo que o pecado efetuou, e os anjos ministradores não podiam ter comunhão com o homem decaído. ... VA 84 2 Com uma fé nova e permanente nas promessas divinas e certo da presença e guarda dos anjos celestiais, Jacó prosseguiu em sua jornada para a "terra dos filhos do Oriente". Gênesis 29:1. -- Patriarcas e Profetas, 178-180, 183, 184, 188. VA 84 3 Se bem que Jacó houvesse saído de Padã-Arã em obediência à instrução divina, não foi sem muitos pressentimentos que repassou a estrada que havia palmilhado como fugitivo vinte anos antes. Seu pecado por ter enganado seu pai estava sempre diante dele. ... Aproximando-se mais do fim de sua viagem, a lembrança de Esaú trouxe muitos pressentimentos perturbadores. ... De novo o Senhor concedeu a Jacó um sinal do cuidado divino. -- Patriarcas e Profetas, 195. VA 84 4 Quando Jacó prosseguiu viagem, os anjos de Deus o encontraram. Ao vê-los, disse ele: "Este é o acampamento de Deus." Gênesis 32:2. Num sonho observou os anjos de Deus acampados à sua volta. -- Spiritual Gifts 3:127. VA 84 5 Diretamente diante de si, como que mostrando o caminho, Jacó observou dois exércitos de anjos celestiais em marcha, servindo de guia e guarda; vendo-os, irrompeu ele em linguagem de louvor, exclamando: "Este é o acampamento de Deus." Gênesis 32:2. Chamou àquele lugar de Maanaim, que significa dois exércitos ou acampamentos. -- The Signs of the Times, 20 de Novembro de 1879. VA 85 1 Todavia Jacó entendeu que tinha algo a fazer para conseguir sua própria segurança. Expediu, portanto, mensageiros com uma saudação conciliatória a seu irmão. ... Mas os servos voltaram com as novas de que Esaú se aproximava com quatrocentos homens, e resposta alguma se enviava à amigável mensagem. ... "Jacó temeu muito e angustiou-se." Gênesis 32:7. ... Em conformidade com isto dividiu-os [sua família e servos] em dois bandos, de modo que se um fosse atacado o outro poderia ter oportunidade de escapar. ... VA 85 2 Tinham agora chegado até o rio Jaboque, e, ao sobrevir a noite, Jacó enviou sua família através do vau do rio, enquanto ele ficou só, atrás. Decidira-se a passar a noite em oração, e desejou estar a sós com Deus. ... VA 85 3 Subitamente uma mão forte foi posta sobre ele. Julgou que um inimigo estivesse a procurar sua vida, e esforçou-se por desvencilhar-se dos punhos do assaltante. Nas trevas os dois lutaram pelo predomínio. Nenhuma palavra se falou, porém Jacó empregou toda a força, e não afrouxou seus esforços nem por um momento. Enquanto estava assim a batalhar em defesa de sua vida, a intuição de sua falta lhe oprimia a alma; seus pecados levantavam-se diante dele para o separarem de Deus. Mas, em sua terrível situação, lembrou-se das promessas de Deus, e todo o coração se lhe externou em petições pela Sua misericórdia. A luta continuou até perto do romper do dia, quando o estranho colocou o dedo à coxa de Jacó, e este ficou manco instantaneamente. O patriarca discerniu então o caráter de seu antagonista. Soube que estivera em conflito com um mensageiro celestial, e por isto foi que seu esforço quase sobre-humano não ganhara a vitória. -- Patriarcas e Profetas, 195-197. VA 86 1 Aquele que lutou com Jacó é identificado como "homem". Oséias chama-O de Anjo. Mas Jacó afirmou: "Vi a Deus face a face." Gênesis 32:30. Também é dito que o patriarca lutou com Deus. Era a Majestade do Céu, o Anjo do concerto, quem apareceu a Jacó na forma e aparência de homem. -- The Signs of the Times, 20 de Novembro de 1879. VA 86 2 Era Cristo, o "Anjo do concerto", que Se havia revelado a Jacó. O patriarca estava agora inválido, e sofria a mais cruciante dor, mas não O quis largar. ... Tinha de ter a certeza de que seu pecado estava perdoado. ... O Anjo experimentou livrar-Se; insistiu: "Deixa-Me ir, porque já a alva subiu"; mas Jacó respondeu: "Não Te deixarei ir, se me não abençoares." Gênesis 32:26. Tivesse sido isto uma confiança vangloriosa e presumida, e Jacó teria sido instantaneamente destruído; mas sua confiança era daquele que confessa sua própria indignidade, e, contudo, confia na fidelidade de um Deus que guarda o concerto. Jacó "lutou com o Anjo e prevaleceu". Oséias 12:4. ... VA 86 3 Enquanto Jacó estava a lutar com o Anjo, outro mensageiro celeste foi enviado a Esaú. Em sonho viu Esaú seu irmão, que durante vinte anos fora um exilado da casa de seu pai, testemunhou-lhe a dor ao encontrar morta a mãe, viu-o rodeado pelos exércitos de Deus. Este sonho foi relatado por Esaú aos seus soldados, com a ordem de não fazerem mal a Jacó; pois o Deus de seu pai estava com ele. ... VA 87 1 A experiência de Jacó durante aquela noite de luta e angústia, representa a prova pela qual o povo de Deus deverá passar precisamente antes da segunda vinda de Cristo. -- Patriarcas e Profetas, 197-201. ------------------------Capítulo 8 -- Os anjos no tempo do êxodo O nascimento de Moisés VA 88 1 Passando-se o tempo, o grande homem [José] a quem o Egito tanto devia... [desceu] ao túmulo. E "levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José". ... E ele disse: "Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós." Êxodo 1:8, 9. Foram expedidas ordens... a fim de destruírem as crianças hebréias do sexo masculino ao nascerem. Satanás foi o instigador disto. Sabia que um libertador deveria levantar-se entre os israelitas; e, levando o rei a destruir seus filhos, esperava frustrar o propósito divino. VA 88 2 Enquanto este decreto estava em pleno vigor, um filho foi nascido a Anrão e Joquebede. ... A mãe conseguiu esconder a criança [Moisés] durante três meses. Então, achando que não mais a poderia conservar sem perigo, preparou uma pequena arca de junco, tornando-a impermeável por meio de betume e piche; e, pondo nela a criança, colocou-a entre os juncos, à margem do rio. Não ousou ficar para vigiá-la, com receio de que a vida da criança e a sua própria vida se perdessem; mas Miriã, deteve-se perto, ... observando ansiosa para ver o que seria de seu irmãozinho. E havia outros vigias. As orações fervorosas da mãe haviam confiado seu filho ao cuidado de Deus; e anjos, invisíveis, pairavam por sobre o seu humilde lugar de descanso. Os anjos encaminharam a filha de Faraó para ali. Sua curiosidade foi provocada pela pequena cesta, e, ao olhar para a linda criança que dentro estava, leu a história num relance. As lágrimas do bebê despertaram-lhe a compaixão, e... resolveu que ele deveria ser salvo; ela o adotaria como seu. -- Patriarcas e Profetas, 241-243. VA 89 1 Os anciãos de Israel foram instruídos pelos anjos de que o tempo para o seu libertamento estava próximo, e que Moisés era o homem que Deus empregaria para realizar esta obra. Os anjos também instruíam a Moisés quanto a havê-lo Jeová escolhido para quebrar o cativeiro de Seu povo. Supondo que deveriam obter sua liberdade, pela força das armas, tinha ele a expectativa de levar o exército hebreu contra os exércitos do Egito. -- Patriarcas e Profetas, 24:5. VA 89 2 Moisés ficou na corte até a idade de quarenta anos. ... Um dia, vendo um egípcio ferir um israelita, lançou-se para a frente, e matou o egípcio. ... Moisés imediatamente sepultou o corpo na areia. [Ele] escapou, e fugiu rumo da Arábia. ... Depois de algum tempo, Moisés desposou uma das filhas de Jetro; e ali, ao serviço de seu sogro, como guardador de seus rebanhos, permaneceu quarenta anos. -- Patriarcas e Profetas, 246, 247. Moisés em Midiã VA 90 1 Pudessem os seus olhos [de Moisés] ser abertos, haveriam visto mensageiros de Deus, puros e santos anjos, inclinando-se amoravelmente sobre ele, lançando luz à sua volta. -- The Signs of the Times, 19 de Fevereiro de 1880. VA 90 2 Enquanto dedicado a seus deveres, [Moisés] viu um arbusto cujo tronco, ramos e folhas ardiam, mas não eram consumidos. Aproximou-se para observar a maravilhosa cena, quando ouviu uma voz dirigida a ele, provindo do interior da chama. Era a voz de Deus. Havia sido Ele, na qualidade de Anjo do concerto, quem Se revelara aos patriarcas em outras eras. Moisés estremeceu, enchendo-se de terror quando o Senhor o chamou pelo nome. Com lábios trementes, respondeu: "Eis-me aqui." Foi advertido quanto a não aproximar-se do Criador com indevida familiaridade: "Tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa." "Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus." Êxodo 3:4-6. -- The Signs of the Times, 26 de Fevereiro de 1880. VA 90 3 Com a esposa e os filhos, Moisés pôs-se em caminho [para o Egito]. Em caminho, quando vinha de Midiã, Moisés recebeu uma advertência assustadora e terrível, a respeito do desagrado do Senhor. Um anjo apareceu-lhe de maneira ameaçadora, como se o fosse imediatamente destruir. Explicação alguma se dera; Moisés, porém, lembrou-se de que havia desatendido um dos mandos de Deus; cedendo à persuasão de sua esposa, negligenciara efetuar o rito da circuncisão em seu filho mais jovem. Deixara de satisfazer a condição pela qual seu filho poderia ter direito às bênçãos do concerto de Deus com Israel. ... Zípora, temendo que seu marido fosse morto, efetuou ela mesma o rito, e o anjo então permitiu a Moisés que prosseguisse a jornada. Em sua missão junto a Faraó, devia Moisés ser colocado em posição de grande perigo; sua vida unicamente podia preservar-se pela proteção de santos anjos. Enquanto vivesse, porém, na negligência de um dever conhecido, não estaria livre de perigo; pois que não poderia estar protegido pelos anjos de Deus. -- Patriarcas e Profetas, 255, 256. VA 91 1 Arão, sendo instruído pelos anjos, saiu ao encontro de seu irmão, de quem estivera tanto tempo separado; e encontraram-se em meio da solidão do deserto, perto de Horebe. ... Juntos viajaram para o Egito; e, tendo chegado à terra de Gósen, puseram-se a congregar os anciãos de Israel. -- Patriarcas e Profetas, 257. As pragas do Egito VA 91 2 Moisés e Arão foram os representantes de Deus perante um rei atrevido e desafiante, e diante de sacerdotes impenitentes e endurecidos na rebelião, que se haviam aliado aos anjos maus. Faraó e os grandes do Egito não eram ignorantes em relação ao sábio governo de Deus. Uma grande luz estivera a brilhar através dos tempos, apontando a Deus e Seu justo governo, bem como aos reclamos de Sua lei. José e os filhos de Israel haviam difundido no Egito o conhecimento de Deus. Embora os israelitas houvessem sido submetidos em cativeiro aos egípcios, nem todos eram considerados como escravos. Muitos ocupavam posições importantes e haviam testemunhado de Deus. -- The Youth's Instructor, 8 de Abril de 1897. VA 92 1 Satanás... sabia muito bem que Moisés fora escolhido por Deus para quebrar o jugo da escravidão dos filhos de Israel. ... Consultou seus anjos para decidir como agir para obter solução diante de um duplo propósito: 1. Destruir a influência da obra que Deus realizaria através de Seu servo Moisés, operando por intermédio de seus próprios agentes em contrafação à verdadeira obra de Deus; 2. Exercer poder por sua obra através dos magos para criar uma influência que persistisse por todas as eras e destruísse na mente de muitos a genuína fé nos poderosos milagres e obras que Cristo executaria ao chegar a este mundo. -- Testimonies for the Church 1:291. VA 92 2 Moisés e Arão entravam nos nobres salões do rei do Egito. Ali, ... perante o governador do reino mais poderoso então existente, achavam-se os dois representantes da raça escravizada, a fim de repetirem a ordem de Deus para o livramento de Israel. O rei pediu um milagre como prova de sua missão divina. ... Arão tomou agora a vara, e lançou-a perante Faraó. Ela se tornou serpente. O rei mandou chamar seus "sábios e encantadores" (Êxodo 7:11), dos quais "cada um lançou sua vara, e tornaram-se em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles". Êxodo 7:12. ... VA 92 3 Os magos não fizeram realmente suas varas transformar-se em serpentes; mas, pela mágica, auxiliados pelo grande enganador, foram capazes de produzir esta aparência. Estava além do poder de Satanás transformar as varas em serpentes vivas. O príncipe do mal, possuindo embora toda a sabedoria e poder de um anjo decaído, não tem o poder de criar ou dar vida; isto é prerrogativa de Deus somente. Mas tudo que estava no poder de Satanás fazer, ele o fez; produziu uma contrafação. À vista humana as varas tinham sido transformadas em cobras. ... Nada havia em sua aparência para distingui-las da serpente produzida por Moisés. Se bem que o Senhor fizesse com que a serpente verdadeira tragasse as falsas serpentes, contudo mesmo isto foi considerado por Faraó, não como uma obra do poder de Deus, mas como o resultado de uma espécie de mágica superior à de seus servos. VA 93 1 Faraó desejava justificar sua obstinação em resistir à ordem divina, e daí procurava ele algum pretexto para não tomar em consideração os milagres que Deus operara por meio de Moisés. Satanás deu-lhe exatamente o que ele desejava. Pela obra que operara por intermédio dos magos, fez parecer aos egípcios que Moisés e Arão eram apenas magos e encantadores, e que a mensagem que traziam não podia impor respeito como provinda de um Ser superior. Assim a falsificação de Satanás cumpriu o seu objetivo de tornar ousados os egípcios em sua rebelião, e fazer com que Faraó endurecesse o coração contra a convicção. Satanás esperava também abalar a fé de Moisés e Arão na origem divina de sua missão. -- Patriarcas e Profetas, 263, 264. VA 93 2 Quando se operaram os milagres perante o rei, Satanás estava a postos para contrariar a sua influência, e impedir Faraó de reconhecer a supremacia de Deus, e obedecer à Sua ordem. Satanás fez tudo ao seu alcance para contrafazer a obra de Deus e resistir à Sua vontade. O único resultado foi preparar o caminho para maiores exibições de poder e glória divinos, e tornar mais visíveis, tanto para israelitas como para todo o Egito, a existência e soberania do Deus verdadeiro e vivo. -- Patriarcas e Profetas, 334. VA 94 1 A tormenta [a sétima praga] chegou pela manhã, conforme predito. Trovões e granizo, com fogo misturado a eles, destruíram todas as plantas, abateram árvores e feriram homens e animais. Até então, nenhuma vida dos egípcios fora ceifada, mas agora a morte e a desolação ocorreram na trilha do anjo destruidor. Somente a terra de Gósen foi protegida. -- The Signs of the Times, 18 de Março de 1880. VA 94 2 O Senhor por meio de Moisés deu instruções aos filhos de Israel relativas à partida do Egito, e especialmente para a sua preservação no juízo por vir. Cada família, sozinha ou ligada com outras, deveria matar um cordeiro ou cabrito "sem mácula", e com um molho de hissopo espargir seu sangue "em ambas as ombreiras e na verga da porta" da casa, para que o anjo destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. Êxodo 12:5, 7. ... VA 94 3 O Senhor declarou: "Passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito. ... E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo Eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando Eu ferir a terra do Egito." Êxodo 12:12, 13. -- Patriarcas e Profetas, 274. VA 94 4 Os filhos de Israel haviam seguido as orientações dadas por Deus; enquanto o anjo da morte passava de casa em casa entre os egípcios, aqueles estavam prontos para a viagem. -- The Spirit of Prophecy 1:204. VA 94 5 Por volta da meia-noite todas as casas dos egípcios despertaram de seu sono pelo grito de dor. Temeram que todos viessem a morrer. Lembraram-se do clamor de angústia e lamentação que haviam ouvido dos hebreus quando o desumano decreto de um rei cruel fizera matar a todos os bebês do sexo masculino tão logo estes nasciam. Os egípcios não podiam ver o anjo vingador, que entrava em cada casa e operava a morte, mas eles sabiam que era o Deus dos hebreus que os estava levando a enfrentar o mesmo sofrimento que haviam infligido aos israelitas. -- The Youth's Instructor, 1 de Maio de 1873. Cristo, o líder invisível de Israel VA 95 1 No Egito espalhou-se a notícia de que os filhos de Israel... iam avante em direção ao Mar Vermelho. ... Faraó reuniu suas forças... [e] acompanhado pelos grandes homens de seu reino, encabeçava o exército de ataque. ... VA 95 2 Os hebreus estavam acampados ao lado do mar. ... Subitamente viram a distância a armadura luzente e os carros a moverem-se, pressagiando a guarda avançada de um grande exército. ... O terror encheu o coração do povo de Israel. Alguns clamavam ao Senhor, mas a grande maioria ia apressadamente a Moisés com suas queixas. ... Sua resposta calma e afirmativa ao povo foi: "Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor." Êxodo 14:13. ... VA 95 3 A maravilhosa coluna de nuvem tinha sido seguida como sinal de Deus, para prosseguirem; mas agora entre si discutiam se acaso não poderia ela prefigurar alguma grande calamidade; pois que não os havia a mesma conduzido pelo lado errado da montanha, para um caminho intransitável? Assim o anjo de Deus pareceu à sua iludida mente como o prenúncio da desgraça. VA 95 4 Agora, porém, que o exército egípcio se aproximava, esperando deles fazer fácil presa, a coluna de nuvem levantou-se majestosamente para o céu, passou sobre os israelitas, e desceu entre eles e os exércitos do Egito. Um muro de trevas se interpôs entre perseguidos e perseguidores. Os egípcios não mais puderam divisar o acampamento dos hebreus, e foram obrigados a parar. Mas, intensificando-se as trevas da noite, o muro de nuvem se tornou uma grande luz para os hebreus, inundando o acampamento todo de claridade. VA 96 1 Então a esperança voltou ao coração de Israel. E Moisés alçou a voz ao Senhor. "Então, disse o Senhor a Moisés: ... Dize aos filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco." Êxodo 14:15, 16. VA 96 2 "Os egípcios seguiram-nos, e entraram atrás deles todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar. E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o Senhor, na coluna do fogo e de nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios." Êxodo 14:23, 24. -- Patriarcas e Profetas, 283-287. VA 96 3 Anjos de Deus passaram pelo meio do exército egípcio e removeram as rodas de seus carros. -- The Spirit of Prophecy 1:209. VA 96 4 Os egípcios ficaram tomados de confusão e espanto. ... Esforçaram-se por voltar pelo mesmo caminho, e fugir para a praia que haviam deixado. Moisés, porém, estendeu a vara, e as águas acumuladas, sibilando, rugindo, e ávidas de sua presa, uniram-se violentamente, e tragaram o exército egípcio em suas negras profundidades. -- Patriarcas e Profetas, 287. VA 97 1 O Líder [dos israelitas] era o poderoso General dos exércitos. Seus anjos, que cumprem a Sua vontade, caminharam lado a lado com os grandes exércitos de Israel, de modo que nada lhes pôde causar dano. Israel estava seguro. ... Entoaram então a sagrada canção de triunfo, liderados por Miriã. -- The Review and Herald, 1 de Junho de 1897. VA 97 2 Jesus era o anjo envolto na coluna de nuvem durante o dia e na coluna de fogo durante a noite. -- The Review and Herald, 17 de Junho de 1890. ------------------------Capítulo 9 -- Os anjos desde o Sinai até a tomada de Jericó Os anjos nas peregrinações de Israel pelo deserto VA 98 1 Cristo foi o anjo apontado por Deus para ir adiante de Moisés no deserto, conduzindo os israelitas em suas viagens rumo à terra de Canaã. -- The Review and Herald, 6 de Maio de 1875. VA 98 2 Durante todo o caminho, sob o comando de Deus, [os israelitas] encontraram água para saciar a sede, pão para satisfazer a fome, e paz e segurança sob a sombra da nuvem durante o dia e da coluna de fogo à noite. Anjos ministravam em seu favor enquanto escalavam as rochosas alturas ou avançavam pelos agrestes trilhos do deserto. -- The Signs of the Times, 21 de Outubro de 1880. VA 98 3 Deus manifestou Seu grande cuidado e amor por Seu povo ao enviar-lhes pão do Céu. "Comeu cada qual o pão dos anjos" (Salmos 78:25); ou seja, o pão provido pelos anjos. -- The Spirit of Prophecy 1:226. Israel no Sinai VA 98 4 E agora, diante deles, com solene majestade, erguia o Monte Sinai a fronte maciça. A coluna de nuvem repousou em seu cume, e o povo, embaixo, espalhou suas tendas pela planície. Ali seria a sua morada durante quase um ano. À noite, a coluna de fogo assegurou-lhes a proteção divina; e, enquanto estavam entregues ao sono, o pão do Céu caía suavemente sobre o acampamento. ... VA 99 1 Logo depois de se acamparem no Sinai, Moisés foi chamado à montanha a encontrar-se com Deus. Sozinho subiu o íngreme e áspero caminho, e aproximou-se da nuvem que assinalava o lugar da presença de Jeová. Israel ia ser agora tomado em uma relação íntima e peculiar para com o Altíssimo. ... VA 99 2 Falando da espessa escuridão que O envolvia, encontrando-Se Ele sobre o monte, rodeado de um acompanhamento de anjos, o Senhor deu a conhecer a Sua lei. ... Deviam agora tomar-se disposições para o amplo estabelecimento da nação escolhida, sob a orientação de Jeová como seu Rei. -- Patriarcas e Profetas, 301-304, 312. "E me farão um Santuário" VA 99 3 Durante sua permanência no monte, Moisés recebeu instruções para a construção de um santuário, no qual a presença divina se manifestaria de modo especial. "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles", foi a ordem de Deus. Êxodo 25:8. -- Patriarcas e Profetas, 313. VA 99 4 O edifício [tabernáculo] era dividido em dois compartimentos por uma rica e linda cortina, ou véu, suspensa de colunas chapeadas de ouro; e um véu semelhante fechava a entrada ao primeiro compartimento. Estes véus, como a cobertura interior que formava o teto, eram das mais belas cores, azul, púrpura e escarlata, lindamente dispostas, ao mesmo tempo que trabalhados a fios de ouro e prata havia neles querubins para representarem a multidão angélica, que se acha em conexão com o trabalho do santuário celestial, e são espíritos ministradores ao povo de Deus na Terra. -- Patriarcas e Profetas, 347. VA 100 1 Depois que a construção do tabernáculo foi completada, Moisés examinou todo o trabalho, e o comparou com o modelo e com as instruções recebidas de Deus, e viu que cada parte estava de acordo com o modelo; então abençoou o povo. Deus deu o modelo da arca a Moisés, junto com instruções especiais sobre como deveria ser feita. Destinava-se ela a abrigar as tábuas de pedra, nas quais Deus gravara, com Seu próprio dedo, os Dez Mandamentos. Tinha o formato de um cofre, achando-se revestida interna e externamente de ouro puro. Era ornamentada com coroas de ouro na porção superior. VA 100 2 A cobertura desta sagrada caixa era o propiciatório, feito de ouro maciço. Em cada extremidade do mesmo estava fixado um querubim de ouro puro e sólido. Estavam um de frente para o outro, ambos olhando reverentemente para baixo, em direção ao propiciatório. Isto representava todos os anjos celestiais olhando com interesse e reverência para a lei de Deus depositada na arca do santuário celestial. Esses querubins possuíam asas. Uma asa de cada anjo estendia-se para o alto, enquanto com a outra cada um deles cobria o corpo. A arca do santuário terrestre era uma cópia da verdadeira arca no Céu. Ali, ao lado da mesma, permanecem anjos vivos, e em cada uma de suas extremidades estes anjos cobrem com uma das asas, estendida para o alto, o propiciatório, enquanto a outra asa é dobrada sobre seu corpo em sinal de reverência e humildade. -- The Spirit of Prophecy 1:272. VA 101 1 Acima do propiciatório estava o shekinah, manifestação da presença divina; e dentre os querubins Deus tornava conhecida a Sua vontade. Mensagens divinas às vezes eram comunicadas ao sumo sacerdote por uma voz da nuvem. -- Patriarcas e Profetas, 349. VA 101 2 Quando o Senhor não respondia por uma voz, permitia que os sagrados raios de luz e glória repousassem sobre o querubim à direita da arca, significando aprovação ou aceitação. Se as solicitações não fossem atendidas, uma nuvem repousava sobre o querubim da esquerda. -- The Spirit of Prophecy 1:399. VA 101 3 Por meio de Cristo deveria cumprir-se o propósito de que era um símbolo o tabernáculo -- aquela construção gloriosa, com suas paredes de ouro luzente refletindo em matizes do arco-íris as cortinas bordadas com querubins; a fragrância do incenso, sempre a queimar, a invadir tudo; os sacerdotes vestidos de branco imaculado, e no profundo mistério do compartimento interior, acima do propiciatório, entre as figuras de anjos prostrados em adoração, a glória do Santíssimo. Em tudo Deus desejava que Seu povo lesse o Seu propósito para com a alma humana. Era o mesmo propósito muito mais tarde apresentado pelo apóstolo Paulo, falando pelo Espírito Santo: VA 101 4 "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" 1 Coríntios 3:16. -- Educação, 36. VA 101 5 Junto mesmo do Sinai, Satanás começou a executar seus planos para subverter a lei de Deus, levando assim avante a mesma obra que iniciara no Céu. Durante os quarenta dias em que Moisés se achava no monte, com Deus, Satanás esteve ocupado provocando dúvida, apostasia e rebelião. Enquanto Deus escrevia a Sua lei, a fim de ser confiada ao Seu povo do concerto, os israelitas, negando sua fidelidade para com Jeová, estavam a pedir deuses de ouro! ... VA 102 1 O Universo inteiro foi testemunha das cenas do Sinai. Nos efeitos das duas administrações viu-se o contraste entre o governo de Deus e o de Satanás. De novo os habitantes destituídos de pecado, de outros mundos, viram os resultados da apostasia de Satanás, e a espécie de governo que ele teria estabelecido no Céu, caso lhe houvesse sido permitido exercer domínio. -- Patriarcas e Profetas, 335, 336. VA 102 2 Acaso nos maravilhamos de que a "excelente glória" (2 Coríntios 3:10) provinda do Onipotente haja brilhado na face de Moisés com tal fulgor que o povo não tenha sido capaz de contemplá-la? A impressão de Deus estava sobre ele, fazendo-o parecer um dos reluzentes anjos do trono. -- Testimonies for the Church 4:533. VA 102 3 Por todas as suas jornadas, quando se queixavam [os israelitas] das dificuldades do caminho, e murmuravam contra seus líderes, Moisés lhes dizia: "Suas murmurações são contra Deus. Não fui eu que operei o seu livramento, mas sim Deus." Êxodo 16:8. Mas suas precipitadas palavras diante da rocha: "Tiraremos água" (Números 20:10), eram uma admissão virtual daquilo de que eles o acusavam. ... O Senhor queria remover-lhes para sempre do espírito esta impressão, proibindo Moisés de entrar na Terra Prometida. Ali estava a prova definitiva de que seu líder não era Moisés, mas o poderoso Anjo de quem o Senhor disse: "Eis que Eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dEle, e ouve a Sua voz... porque o Meu nome está nEle." Êxodo 23:20, 21. -- Patriarcas e Profetas, 419, 420. A morte e ressurreição de Moisés VA 103 1 Moisés volveu da congregação, e em silêncio pôs-se, sozinho, a subir a encosta da montanha. ... Naquela solitária elevação pôs-se em pé, e com vista clara olhou para o cenário que se espalhava diante dele. -- Patriarcas e Profetas, 471. VA 103 2 Não era da vontade de Deus que alguém subisse com Moisés ao cume de Pisga. Ali estava ele na presença de Deus e dos anjos celestiais. -- História da Redenção, 173. VA 103 3 Os anjos também revelaram a Moisés que, embora ele se lamentasse por haver pecado e não poder assim entrar na Terra Prometida; embora ele sentisse haver sido a causa do pecado de Israel, na verdade era o pecado deles próprios, com seu espírito queixoso e murmurador, o que havia levado a ele, Moisés, a desviar-se do correto e a cometer o pecado que agora o excluía da Terra Prometida. Os anjos lhe disseram que não era ele quem mais sofrera com o ocorrido, já que não sentia em seu coração as maiores profundezas do pecado do povo; Cristo, sim, o seu Líder invisível, era Aquele contra quem haviam pecado. ... VA 103 4 Os mensageiros celestiais também se referiram às ofertas sacrificais que tipificavam a crucifixão de Cristo, abrindo diante da mente de Moisés os eventos que ocorreriam no futuro. ... Que cena deve haver-se desenrolado no cume do Pisga quando a visão da crucifixão foi apresentada a Moisés! ... As vistas panorâmicas que passaram diante dele permitiram-lhe presenciar os sofrimentos do Anjo que conduzira os israelitas através do deserto, guiando-os em suas peregrinações do Egito a Canaã. ... Quando contemplou a ascensão do Salvador e pôde ver que ele próprio era um daqueles que abriam ao Senhor os portais eternos, que modificação ocorreu na expressão de seu rosto! ... VA 104 1 Observou ele a purificação da Terra pelo fogo e a limpeza de todo vestígio de pecado, de toda marca de maldição, sendo renovada e entregue como possessão aos santos para sempre e sempre. ... Enquanto Moisés contemplava esta cena, regozijo e triunfo estampavam-se em sua face. Pôde compreender o significado de tudo o que os anjos lhe haviam revelado. Sentiu-se parte de toda a cena posta diante dele. -- Manuscript Releases 10:151, 152, 154, 155, 158, 159. VA 104 2 Depois de ter visto Canaã para sua satisfação, deitou-se, qual um guerreiro fatigado, para descansar. O sono veio sobre ele, mas foi o sono da morte. Anjos pegaram seu corpo e o sepultaram no vale. Os israelitas jamais poderiam encontrar o lugar onde fora sepultado. ... VA 104 3 Satanás exultou que houvesse sido bem-sucedido em levar Moisés a pecar contra Deus. Por esta transgressão Moisés colocara-se sob o domínio da morte. Se tivesse continuado fiel, e sua vida não houvesse sido manchada por aquela única transgressão, deixando de dar a Deus a glória de ter tirado água da rocha, poderia ele ter entrado na Terra Prometida e haver sido trasladado ao Céu sem ver a morte. Miguel, ou Cristo, com os anjos que sepultaram a Moisés, desceram do Céu, depois de haver ele permanecido na sepultura um breve tempo, e o ressuscitaram. -- Spiritual Gifts 4a:57, 58. VA 105 1 O poder da sepultura nunca havia sido quebrado, e todos os que se achavam no túmulo [Satanás] reivindicava como cativos seus, para jamais serem libertos da tenebrosa prisão. VA 105 2 Pela primeira vez estava Cristo para dar vida aos mortos. Como o Príncipe da vida e os seres resplandecentes se aproximassem da sepultura, Satanás ficou apreensivo pela sua supremacia. Com seus anjos maus levantou-se para contestar a invasão do território que alegava ser de sua posse. -- Patriarcas e Profetas, 478. VA 105 3 Quando Cristo e os anjos se aproximaram da sepultura, Satanás e seus anjos surgiram junto dela e ficaram a guardar o corpo de Moisés, para que não fosse removido. Quando Cristo e Seus anjos chegaram perto, Satanás resistiu à aproximação, mas foi compelido, pela glória e poder de Cristo e Seus anjos, a recuar. Reclamou o corpo de Moisés por causa de sua única transgressão; Cristo, porém, mansamente o remeteu ao Pai, dizendo: "O Senhor te repreenda." Judas 9. Cristo disse a Satanás que sabia ter Moisés humildemente se arrependido de seu único erro, e que mancha nenhuma repousava sobre seu caráter, e que seu nome permanecia no livro celestial sem contaminação. Então Cristo ressuscitou o corpo de Moisés. -- Spiritual Gifts 4a:58. Balaão, o profeta apostatado VA 105 4 Mediante um de Seus anjos Deus apareceu de noite a Balaão, perguntando-lhe: "Quem são estes homens que estão contigo? E Balaão disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei dos moabitas, mos enviou, dizendo: Eis que o povo que saiu do Egito cobriu a face da terra; vem, agora, amaldiçoa-mo. ... Então, disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é." Números 22:9-12. O anjo contou a Balaão que os filhos de Israel eram conduzidos sob a bandeira do Deus do Céu; nenhuma maldição humana poderia retardar seu progresso. VA 106 1 Pela manhã [Balaão] ergueu-se e relutantemente disse aos homens que retornassem a Balaque, pois o Senhor não lhe permitira acompanhá-los. Então Balaque enviou outros príncipes... que ocupavam posição mais elevada que os mensageiros anteriores; desta vez o chamado de Balaque era mais urgente: "Rogo-te que não te demores em vir a mim, porque grandemente te honrarei. ... Então, Balaão respondeu...: Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia traspassar o mandado do Senhor, meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande." Números 22:16-18. -- Spiritual Gifts 4a:44. VA 106 2 Segunda vez foi Balaão provado. ... [Ele] anelava condescender com o pedido do rei; e, se bem que a vontade de Deus já se lhe houvesse tornado definidamente conhecida, insistiu com os mensageiros para que ficassem, a fim de que pudesse consultar outra vez a Deus; e isto como se o Ser infinito fosse um homem, para ser persuadido. -- Patriarcas e Profetas, 440. VA 106 3 Um anjo foi enviado a Balaão para dizer-lhe: "Se aqueles homens te vierem chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás o que Eu te disser." Números 22:20. -- The Spirit of Prophecy 1:321. VA 107 1 Balaão recebera permissão de ir com os mensageiros de Moabe, se viessem pela manhã chamá-lo. Mas, contrariados com sua demora, e esperando nova recusa, partiram em viagem para seu país sem mais consulta com ele. Toda a desculpa para condescender com o pedido de Balaque fora agora removida. Mas Balaão estava decidido a obter a recompensa; e, tomando o animal em que estava habituado a viajar, pôs-se a caminho. Temia que mesmo agora a permissão divina fosse retirada, e avançou ansiosamente, inquieto e receoso de que de alguma maneira deixasse de ganhar a cobiçada recompensa. -- Patriarcas e Profetas, 441. VA 107 2 A ira de Deus acendeu-se contra Balaão por seu atrevido jogo com o Céu. Então "o Anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário". Números 22:22. O animal viu o mensageiro divino, que não era, contudo, percebido pelo homem, e desviou-se da estrada para o campo. Com pancadas cruéis, Balaão o trouxe novamente para o caminho; outra vez, porém, em um lugar estreito, entre duas paredes, o anjo apareceu, e o animal, procurando evitar a figura ameaçadora, apertou o pé de seu dono contra a parede. -- The Signs of the Times, 25 de Novembro de 1880. VA 107 3 A raiva de Balaão não teve limites, e com o bordão espancou mais cruelmente do que antes o animal. Deus abriu então a boca deste, e, pelo "mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta". 2 Pedro 2:16. "Que te fiz eu", disse o animal, "que me espancaste estas três vezes?" Números 22:28. VA 107 4 Furioso por ser assim estorvado em sua viagem, Balaão respondeu ao animal como se teria dirigido a um ser racional: "Porque zombaste de mim; tomara que tivera eu uma espada na mão, porque agora te mataria." Números 22:29. ... VA 108 1 Abrem-se agora os olhos de Balaão, e ele vê em pé o anjo de Deus com a espada desembainhada pronto para o matar. Aterrorizado, "inclinou a cabeça e prostrou-se sobre a sua face". O anjo lhe disse: "Por que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu saí para ser teu adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim; porém a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim; se ela se não desviara de diante de mim, na verdade que eu agora te mataria." Números 22:31-33. ... VA 108 2 Quando viu o mensageiro de Deus, Balaão exclamou aterrorizado: "Pequei, que não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; e, agora, se parece mal aos teus olhos, tornar-me-ei." Números 22:34. -- Patriarcas e Profetas, 442, 443. VA 108 3 Depois que o anjo advertiu fortemente a Balaão contra a satisfação dos desejos dos moabitas, permitiu-lhe seguir seu caminho. ... VA 108 4 Balaque encontrou Balaão e perguntou por que tardara tanto em vir ao ser solicitado; ... Balaão respondeu: "Eis-me perante ti." Números 22:38. Explicou-lhe então que não tinha autoridade para dizer coisa alguma. Falaria aquilo que Deus pusesse em sua boca, e nada além disso. Balaão encomendou os sacrifícios de acordo com os ritos religiosos. Deus enviou Seu anjo para encontrar-se com Balaão, para dar-lhe as palavras que deveria proferir, tal qual fizera anteriormente, quando Balaão se achava inteiramente a serviço do Senhor. "Então, o Senhor pôs a palavra na boca de Balaão. ... Alçou a sua parábola e disse: De Arã me mandou trazer Balaque, rei dos moabitas, das montanhas do oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa-me a Jacó; e vem, detesta a Israel. Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o Senhor não detesta?" Números 23:5, 7, 8. VA 109 1 Balaque achava-se desapontado e irado. Exclamou: "Que me fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que inteiramente os abençoaste." Números 23:11. Pensou que a impressionante aparência do acampamento de Israel... impedira que Balaão proferisse a maldição. Imaginou que se levasse o profeta... a um ponto em que a visão de Israel não fosse tão vantajosa, seria possível obter a maldição. Uma vez mais, em Zofim, ... Balaão ofereceu sacrifícios queimados e pôs-se em comunicação com o anjo de Deus. Novamente o anjo lhe ordenou o que deveria dizer. -- The Spirit of Prophecy 1:322-324. Josué conduz Israel a Canaã VA 109 2 Os israelitas prantearam sentidamente seu finado líder [Moisés], e trinta dias foram dedicados a cerimônias especiais em honra à sua memória. ... Josué era agora o reconhecido líder de Israel. ... VA 109 3 Expediram-se agora ordens a fim de se aprontarem para o avanço. ... Partindo de seu acampamento... o povo desceu à margem do Jordão. -- Patriarcas e Profetas, 481, 483. VA 109 4 Quatro anjos celestiais sempre acompanhavam a arca de Deus em todas as suas peregrinações, para guardá-la do perigo e cumprir toda missão que deles se requerera em relação à arca. Jesus, o Filho de Deus, seguido de anjos celestes, colocou-Se à frente da arca quando esta desceu ao Jordão; as águas se dividiram em Sua presença. Cristo e os anjos permaneceram junto à arca e os sacerdotes no leito do rio, até que todo Israel passou pelo Jordão. -- The Spirit of Prophecy 1:399. VA 110 1 Se os olhos de Josué houvessem sido abertos... e ele tivesse suportado a visão, teria contemplado os anjos do Senhor acampados em torno dos filhos de Israel. O treinado exército do Céu viera para combater em favor do povo de Deus, e o Capitão do exército do Senhor achava-Se ali para comandar. -- The Review and Herald, 19 de Julho de 1892. VA 110 2 Quando Josué se separou dos exércitos de Israel, tendo em vista meditar e orar pela especial presença de Deus para assisti-lo, viu um homem de notável estatura, revestido de aparatos militares, com uma espada na mão. ... Este não era um anjo comum. Era o Senhor Jesus Cristo. Aquele que conduzira os hebreus através do deserto, envolvera-Se na coluna de fogo à noite e na coluna de nuvem durante o dia. O lugar tornara-se sagrado em virtude de Sua presença, pelo que Josué recebeu a ordem de descalçar-se. -- Spiritual Gifts 4a:61. VA 110 3 Tomado de assombro Josué caiu sobre seu rosto e adorou; e ouviu esta segurança: "Tenho dado na tua mão a Jericó, e ao seu rei, e aos seus valentes e valorosos" (Josué 6:2); e recebeu instruções para a tomada da cidade. -- Patriarcas e Profetas, 488. VA 110 4 O Comandante do exército do Senhor não Se revelou a toda a congregação. Comunicou-Se apenas com Josué, que por sua vez relatou a história da entrevista aos hebreus. Competia agora a estes crer ou não nas palavras de Josué, seguir as instruções apresentadas por este em nome do Capitão do exército do Senhor, ou rebelar-se contra as suas instruções e negar sua autoridade. Eles não podiam ver o exército de anjos dirigidos pelo Filho de Deus. -- Testimonies for the Church 4:162, 163. A tomada de Jericó VA 111 1 O Capitão do exército do Senhor veio do Céu para conduzir os celestiais exércitos no ataque à cidade [de Jericó]. Anjos de Deus tomaram as maciças muralhas e as puseram por terra. -- Testimonies for the Church 3:264. VA 111 2 Cristo e os anjos acompanharam a arca em seu trajeto em volta de Jericó, e finalmente derrubaram as maciças muralhas da cidade, entregando-a nas mãos dos israelitas. -- The Spirit of Prophecy 1:399. VA 111 3 Quando Jericó caiu, nem uma única mão humana tocou nos muros da cidade, pois os anjos do Senhor destruíram as fortificações e penetraram na fortaleza do inimigo. Não foi Israel, senão o Capitão do exército do Senhor quem tomou a cidade. Mas Israel teve uma parte a desempenhar, demonstrando fé no Capitão de sua salvação. -- The Review and Herald, 19 de Julho de 1892. VA 111 4 Se um único guerreiro houvesse aplicado sua força contra as muralhas, a glória de Deus teria sido diminuída e Sua vontade frustrada. O trabalho foi deixado a cargo do Todo-poderoso. Se os alicerces da muralha se estendesse até o centro da Terra, e sua altura houvesse chegado até a abóbada celeste, o resultado haveria sido exatamente o mesmo, quando o Capitão do exército do Senhor conduziu Suas legiões de anjos no ataque. -- The Signs of the Times, 14 de Abril de 1881. ------------------------Capítulo 10 -- Os anjos desde o tempo dos juízes até o primeiro reinado Cristo como o "anjo do Senhor" VA 112 1 Nos tempos antigos, quando Deus enviou Seus anjos para ministrarem a indivíduos ou com eles se comunicarem, ao estes tomarem consciência de que haviam visto um anjo e com ele conversado, enchiam-se de temor reverente e pensavam que morreriam. Tinham um conceito tão exaltado da terrível majestade e poder de Deus, que ao entrar em contato com aqueles que provinham diretamente de Sua santa presença, julgavam que seriam destruídos. ... Juízes 6:22, 23; Juízes 13:21, 22; Josué 5, 13-15. -- Spiritual Gifts 4b:152. VA 112 2 Depois da morte de seu líder [Josué] e dos anciãos que a ele se haviam associado, o povo gradualmente reincidiu em idolatria. ... VA 112 3 O Senhor não permitiu que os pecados do povo ficassem sem reprovação. Havia ainda adoradores fiéis em Israel; e muitos outros, por hábito ou pela anterior tradição, freqüentavam o culto a Deus no tabernáculo. Uma grande multidão reunira-se para certa festividade religiosa, quando um anjo de Deus, que antes se apresentara em Gilgal, agora apareceu à congregação em Siló. ... VA 113 1 Este anjo, o mesmo que aparecera a Josué quando da tomada de Jericó, era ninguém menos que o Filho de Deus. ... Mostrou ao povo que Ele não quebrara Suas promessas a eles, mas que da parte deles ocorrera violação do solene concerto. VA 113 2 "Sucedeu que, falando o anjo do Senhor estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz e chorou. ... Sacrificaram ali ao Senhor." Juízes 2:4, 5. Todavia, este arrependimento não produziu resultados duradouros. -- The Signs of the Times, 2 de Junho de 1881. Gideão VA 113 3 Gideão era filho de Joás, da tribo de Manassés. A divisão a que esta família pertencia não mantinha posição de destaque, mas a casa de Joás distinguia-se pela coragem e integridade. ... A Gideão veio o chamado divino para libertar seu povo. Estava ocupado na ocasião a malhar o trigo. ... Enquanto Gideão trabalhava em segredo e silêncio, meditava com tristeza na condição de Israel, e considerava como o jugo do opressor poderia ser quebrado de seu povo. VA 113 4 Subitamente o "Anjo do Senhor" apareceu, e a ele Se dirigiu com estas palavras: "O Senhor é contigo, varão valoroso." Juízes 6:12. -- Patriarcas e Profetas, 546. VA 113 5 O Anjo cobrira a divina glória de Sua presença, mas Ele não era outro senão Cristo, o Filho de Deus. Quando um profeta ou anjo apresentava uma divina mensagem, suas palavras eram: "Assim diz o Senhor: Eu farei isto", mas no tocante à Pessoa que esteve com Gideão, entretanto, é dito que "o Senhor lhe disse: ... Eu hei de ser contigo." Juízes 6:16. VA 114 1 Desejando mostrar honra especial a seu ilustre visitante, e havendo obtido a promessa de que o Anjo esperaria seu regresso, Gideão correu à sua tenda e, de suas escassas reservas, preparou um cabrito e pães sem fermento, os quais apresentou diante dEle. ... VA 114 2 Quando o presente foi colocado diante do Anjo, Este ordenou: "Toma a carne e os bolos asmos, e põe-nos sobre esta penha, e verte o caldo." Juízes 6:20. Gideão obedeceu, e então o Senhor concedeu-lhe o sinal que ele almejava. Com o cajado que trazia na mão, o Anjo tocou a carne e os pães asmos. Fogo subiu da rocha e consumiu toda a oferenda como sacrifício, e não como refeição hospitaleira, pois ali Se encontrava Deus, e não um homem. Após esta prova de Seu divino caráter, o Anjo desapareceu. VA 114 3 Convencido de que estivera vendo o Filho de Deus, Gideão encheu-se de temor, exclamando: "Ah! Senhor Jeová, que eu vi o Anjo do Senhor face a face." Juízes 6:22. VA 114 4 Graciosamente o Senhor apareceu pela segunda vez a Gideão e lhe disse: "Paz seja contigo; não temas, não morrerás." Juízes 6:23. Estas preciosas palavras foram proferidas pelo mesmo compassivo Salvador que afirmou aos assustados discípulos enquanto no mar agitado: "Tende bom ânimo, sou Eu." Mateus 14:27. Foi também Ele quem apareceu aos que, pesarosos, se haviam reunido no cenáculo superior, proferindo as mesmas palavras antes apresentadas a Gideão: "Paz seja convosco." Lucas 24:36. -- The Signs of the Times, 23 de Junho de 1881. Sansão VA 114 5 Em meio da ampla apostasia, os fiéis adoradores de Deus continuaram a pleitear com Ele o livramento de Israel. ... À beira do território montanhoso, sobranceiro à planície da Filístia, achava-se a cidadezinha de Zorá. Ali morava a família de Manoá, da tribo de Dã, uma das poucas casas que em meio da deserção geral permaneceram fiéis a Jeová. À mulher de Manoá, a qual não tinha filhos, o "Anjo do Senhor" apareceu, com a mensagem de que ela teria um filho, por meio de quem Deus começaria a livrar Israel. Em vista disto o Anjo lhe deu instruções com relação aos seus próprios hábitos, e também quanto ao tratamento do filho. ... VA 115 1 A mulher procurou o marido, e depois de descrever o Anjo, repetiu Sua mensagem. Então, receosos de que cometessem algum erro na importante obra a eles confiada, orou o esposo: "Rogo-Te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer." Juízes 13:8. VA 115 2 Quando o Anjo de novo apareceu, a ansiosa indagação de Manoá foi: "Qual será o modo de viver e serviço do menino?" Juízes 13:12. A instrução prévia foi repetida: "De tudo quanto Eu disse à mulher se guardará ela. De tudo quanto procede da vide não comerá, nem vinho, nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará." Juízes 13:13, 14. -- Patriarcas e Profetas, 560, 561. VA 115 3 Manoá e sua esposa não sabiam que Aquele que a eles Se dirigia era Jesus Cristo. Imaginaram-nO como um mensageiro do Senhor, não conseguindo, contudo, determinar se era um profeta ou um anjo. Desejando manifestar hospitalidade para com o visitante, convidaram-nO a permanecer enquanto Lhe preparavam um cabrito. Desconhecendo, porém, a natureza do hóspede, não sabiam se deveriam colocar a oferta diante dEle como alimento ou como oferta queimada. VA 116 1 O Anjo respondeu: "Ainda que Me detenhas, não comerei de teu pão; e, se fizeres holocausto, o oferecerás ao Senhor." Juízes 13:16. Sentindo-se agora seguro de que o visitante era um profeta, Manoá perguntou: "Qual é o teu nome? Para que, quando se cumprir a tua palavra, te honremos?" Juízes 13:17. VA 116 2 A resposta foi: "Por que perguntas assim pelo Meu nome, visto que é maravilhoso?" Juízes 13:18. Percebendo o caráter divino do hóspede, Manoá "tomou um cabrito e uma oferta de manjares e os ofereceu sobre uma penha ao Senhor; e agiu o Anjo maravilhosamente, vendo-o Manoá e sua mulher". Juízes 13:19. Fogo proveio da rocha e consumiu o sacrifício, e enquanto a chama subia em direção ao Céu, "o Anjo do Senhor subiu na chama do altar; o que vendo Manoá e sua mulher, caíram em terra sobre seu rosto". Juízes 13:20. Já não existiam mais dúvidas quanto à natureza do visitante. Sabiam que seus olhos haviam contemplado o Santíssimo que, encobrindo Sua glória na coluna de fogo, houvera sido o Guia e Ajudador de Israel no deserto. VA 116 3 Surpresa, reverente temor e mesmo terror encheram o coração de Manoá, que apenas conseguiu exclamar: "Certamente morreremos, porquanto temos visto Deus." Juízes 13:22. Sua companheira, contudo, possuiu mais fé que ele nessa hora solene. Lembrou-lhe de que o Senhor aceitara seu sacrifício, e ainda lhes prometera que teriam um filho, o qual iria libertar Israel. Isso constituía evidência de favor, não de ira. -- The Signs of the Times, 15 de Setembro de 1881. VA 117 1 No devido tempo cumpriu-se a promessa feita a Manoá, através do nascimento de um filho, a quem foi dado o nome de Sansão. Por ordem do anjo, a cabeça do menino não deveria ser raspada, pois ele fora consagrado a Deus, desde o nascimento, para ser nazireu. -- The Signs of the Times, 6 de Outubro de 1881. Samuel e Eli VA 117 2 Samuel era uma criança rodeada das influências mais corruptoras. Via e ouvia coisas que lhe ofendiam a alma. Os filhos de Eli, que ministravam nas cerimônias sagradas, eram regidos por Satanás. Esses homens contaminavam toda a atmosfera que os cercava. Dia a dia homens e mulheres eram fascinados pelo pecado e a injustiça; no entanto Samuel vivia incontaminado. Imaculadas eram suas vestes de caráter. Não tomava parte nem sentia o menor prazer nos pecados que enchiam todo o Israel com terríveis rumores. Samuel amava a Deus; mantinha a alma em tão íntima comunhão com o Céu, que um anjo foi enviado para falar com ele relativamente aos pecados dos filhos de Eli, os quais estavam corrompendo a Israel. -- Testemunhos Selectos 1:398. VA 117 3 As transgressões dos filhos de Eli eram tão terríveis... que nenhum sacrifício podia expiar seus pecados intencionais. ... Esses pecadores conduziram a arca ao acampamento de Israel. ... VA 117 4 Deus permitiu que Sua arca fosse tomada pelos inimigos para mostrar a Israel quanto era vão confiar na arca, o símbolo de Sua presença, enquanto profanavam os mandamentos contidos na mesma. ... VA 118 1 Os filisteus criam que ao conquistar a arca, também estavam conquistando o famoso deus dos israelitas, o qual desempenhara tantas maravilhas por eles e os tornara um terror para seus inimigos. Levaram a arca para Asdode e a depositaram num esplêndido templo, construído em honra do mais popular de seus deuses, Dagom, colocando-a ao lado deste. Pela manhã os sacerdotes daqueles deuses entraram no templo e se aterrorizaram ao verem Dagom caído, com a face em terra, diante da arca do Senhor. ... Os anjos de Deus, que sempre acompanhavam a arca, prostraram esse ídolo inconsciente e o mutilaram, para mostrar que Deus, o Deus vivente, Se encontrava acima de todos os deuses, e diante dEle qualquer deus pagão é como nada. -- Spiritual Gifts 4a:106, 107. VA 118 2 Os homens de Bete-Semes rapidamente espalharam a notícia de que a arca estava em seu poder, e o povo do território circunvizinho reuniu-se para festejar a sua volta. A arca fora posta sobre a pedra que a princípio servira de altar, e diante dela sacrifícios adicionais foram oferecidos ao Senhor. ... Em vez de prepararem um local conveniente para sua recepção, permitiram que ela ficasse no campo da ceifa. Como continuassem a olhar para o receptáculo sagrado, e falar acerca da maneira maravilhosa por que havia sido recuperado, começaram a conjeturar sobre onde jazia o seu poder peculiar. Finalmente, vencidos pela curiosidade, removeram a cobertura, e arriscaram-se a abri-la. ... VA 118 3 Mesmo os filisteus gentios não haviam ousado remover a sua cobertura. Anjos do Céu, invisíveis, sempre a acompanhavam em todas as suas viagens. A irreverente ousadia do povo de Bete-Semes foi prontamente punida. Muitos foram feridos de morte instantânea. -- Patriarcas e Profetas, 589. Saul e Jônatas VA 119 1 Deus havia elegido Samuel para julgar a Israel. Era ele honrado por todo o povo. Deus devia ser reconhecido como o grande Líder, mas ainda assim designou-lhes dirigentes e os imbuiu com Seu Espírito, comunicando aos mesmos Sua vontade por intermédio dos anjos. -- Spiritual Gifts 4a:67. VA 119 2 Por causa do pecado de Saul em sua oferta presunçosa, o Senhor não lhe daria a honra de vencer aos filisteus. Jônatas, o filho do rei, homem que temia o Senhor, foi escolhido como instrumento para libertar Israel. ... VA 119 3 Anjos celestiais protegiam a Jônatas e seu auxiliar, anjos combatiam ao seu lado, e os filisteus caíam diante deles. -- Patriarcas e Profetas, 623. VA 119 4 Anjos de Deus lutaram ao lado de Jônatas, de modo que os filisteus caíram à sua volta. Grande temor invadiu os exércitos dos filisteus, tanto no campo de batalha quanto na retaguarda. ... A terra tremeu debaixo de seus pés, como se uma grande multidão de cavaleiros e carruagens viessem se deslocando para a batalha. Jônatas e seu pajem, e mesmo o exército filisteu, souberam que o Senhor estava operando a libertação dos hebreus. -- Spiritual Gifts 4a:70. A juventude de Davi VA 119 5 Samuel não tornou a dar instruções divinas a Saul. O Senhor não podia empregar o rei para executar Seus propósitos. Entretanto, enviou Samuel à casa de Jessé para ungir Davi, a quem escolhera para ser dirigente em lugar de Saul, a quem já rejeitara. VA 120 1 Quando os filhos de Jessé desfilaram diante de Samuel, este haveria escolhido a Eliabe, de elevada estatura e digna aparência, mas o anjo de Deus estava ao lado do profeta para orientá-lo na importante decisão, instruindo-o a não julgar de acordo com a aparência. Eliabe não temia ao Senhor. Seu coração não era reto para com Deus. Haveria sido um dirigente orgulhoso e exigente. Nenhum foi encontrado entre os filhos de Jessé, exceto Davi, o mais jovem, cuja humilde ocupação era a guarda de ovelhas. -- Spiritual Gifts 4a:77, 78. VA 120 2 Davi não se destacava pela estatura; sua face, contudo, era bela, expressando humildade, honestidade e verdadeira coragem. O anjo de Deus indicou a Samuel que este deveria ser ungido, por ser o escolhido do Senhor. A partir desse momento Ele concedeu a Davi um coração prudente e entendido. -- The Spirit of Prophecy 1:368. VA 120 3 Eliabe, o irmão mais velho de Davi, ... tinha ciúmes do irmão, pois este fora honrado à frente dele. Desprezava-o e o tratava como alguém inferior a si mesmo. Acusou-o diante de outras pessoas, de haver escapado, às escondidas do pai, para presenciar a batalha. ... Davi repeliu a injusta acusação, dizendo: "Que fiz eu agora? Fiz somente uma pergunta." 1 Samuel 17:29. Davi não explicou detalhadamente ao irmão que viera para auxiliar Israel, que Deus o enviara para matar Golias. Deus o elegera para governar Israel; enquanto os exércitos do Deus vivo se encontravam em perigo, ele fora dirigido por um anjo para salvar a Israel. -- The Spirit of Prophecy 1:371. Saul encontra-se com um anjo VA 121 1 [Saul] permitiu que os impulsos controlassem seu julgamento, até que ele imergisse numa furiosa paixão. Apresentava acessos de ira e loucura, momentos em que estava pronto a tirar a vida de quem quer que se opusesse à sua vontade. ... Foi o caráter imaculado e a nobre fidelidade de Davi que despertaram a ira do rei. Percebia a vida e o caráter deste como sendo uma censura a si próprio. ... VA 121 2 Saul chegou a Ramá e se deteve junto ao grande poço de Seco. O povo chegava ali para tirar água, e Saul perguntou-lhes onde estavam Samuel e Davi. Quando lhe foi dito que eles se achavam em Naiote, apressou-se em chegar lá. Mas o anjo do Senhor encontrou-o no caminho e passou a controlá-lo. O Espírito de Deus o manteve em Seu poder, de modo que prosseguiu pelo caminho proferindo orações, intercaladas com predições e melodias sagradas. Profetizou a vinda do Messias como Redentor do mundo. Chegando em Naiote de Ramá, despojou-se das vestes reais e passou um dia e uma noite junto a Samuel e seus discípulos, sob a influência do divino Espírito. -- The Signs of the Times, 24 de Agosto de 1888. Encontro de Saul em En-Dor e sua morte VA 121 3 De novo foi declarada guerra entre Israel e os filisteus. ... Saul soubera que Davi e sua força estavam com os filisteus, e esperava que o filho de Jessé aproveitasse esta oportunidade para vingar-se dos males que tinha sofrido. O rei estava em grande angústia. ... No dia seguinte, Saul deveria empenhar-se em batalha com os filisteus. As sombras de iminente condenação juntavam-se negras em redor dele; almejava auxílio e guia. Mas em vão procurou conselho da parte de Deus. "O Senhor lhe não respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas." 1 Samuel 28:6. ... VA 122 1 Então disse Saul aos seus servos: "Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para que vá a ela e a consulte." 1 Samuel 28:7. ... Foi dito ao rei que uma mulher que possuía espírito de feitiçaria estava morando em um esconderijo, em En-Dor. Esta mulher entrara em concerto com Satanás, para entregar-se ao seu domínio, e cumprir seus propósitos; e, em troca, o príncipe do mal operava prodígios para ela, e revelava-lhe coisas secretas. VA 122 2 Disfarçando-se, Saul saiu de noite apenas com dois auxiliares, a fim de buscar o retiro da feiticeira. ... Sob o manto das trevas, Saul e seus auxiliares se encaminharam através da planície, e, passando com segurança pelos exércitos filisteus, atravessaram o cume das montanhas, em direção à morada solitária da feiticeira de En-Dor. ... VA 122 3 Depois de praticar seus encantamentos, ela disse: "Vejo deuses que sobem da terra. ... Vem subindo um homem ancião e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel." 1 Samuel 28:13, 14. VA 122 4 Não foi o santo profeta de Deus que veio com o poder dos encantamentos de uma feiticeira. Samuel não estava presente naquele antro de espíritos maus. A aparência sobrenatural apenas foi produzida pelo poder de Satanás. -- Patriarcas e Profetas, 675, 676, 679. VA 122 5 As primeiras palavras da mulher sob o poder de seu encantamento foram dirigidas ao rei: "Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul." 1 Samuel 28:12. Assim, o primeiro ato do espírito mau que personificou o profeta, foi comunicar-se secretamente com aquela ímpia mulher, para avisá-la do engano que fora praticado para com ela. A mensagem a Saul do pretenso profeta foi: "Por que me desinquietaste, fazendo-me subir? Então, disse Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus Se tem desviado de mim e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer." 1 Samuel 28:15. VA 123 1 Quando Samuel vivia, Saul desprezara seu conselho, e ressentira-se de suas reprovações. Agora, porém, na hora de sua angústia e calamidade, sentia que a guia do profeta era sua única esperança; e, a fim de comunicar-se com o embaixador do Céu, recorreu em vão ao mensageiro do inferno! Saul se colocara inteiramente no poder de Satanás; e agora aquele cujo único deleite consiste em ocasionar miséria e destruição, prevaleceu-se da oportunidade para efetuar a ruína do infeliz rei. Em resposta ao agoniado rogo de Saul veio a terrível mensagem, que, pretendia-se, provinha dos lábios de Samuel: VA 123 2 "Por que, pois, a mim me perguntas, visto que o Senhor te tem desamparado e se tem feito teu inimigo? Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor, ... por isso... o Senhor entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus." 1 Samuel 28:16, 18, 19. -- Patriarcas e Profetas, 680. VA 123 3 Quando Saul interrogou Samuel, o Senhor não fez que este aparecesse ao rei. Samuel nada viu. Não foi permitido a Satanás perturbar o repouso do profeta na sepultura, trazendo-o realmente de volta na caverna de En-Dor. Deus não outorga a Satanás o poder para a ressurreição de mortos. Entretanto, anjos malignos assumem a forma de amigos mortos, falando e agindo como estes, e através destes supostos amigos mortos Satanás opera mais poderosamente sua obra de engano. Ele conhecia bem a Samuel; sabia como representá-lo diante da feiticeira de En-Dor, e igualmente pôde prever com acerto a sorte de Saul e seus filhos. -- The Spirit of Prophecy 1:376. VA 124 1 O relato escriturístico da visita de Saul à mulher de En-Dor, tem sido uma fonte de perplexidade a muitos estudiosos da Bíblia. Há alguns que assumem a posição de que Samuel estava efetivamente presente na entrevista com Saul; mas a própria Bíblia oferece base suficiente para uma conclusão contrária. Se, como alguns pretendem, Samuel estava no Céu, ele deveria ter sido chamado dali, ou pelo poder de Deus, ou pelo de Satanás. Ninguém poderá crer por um momento sequer que Satanás tivesse poder para chamar do Céu o santo profeta de Deus para honrar os enganos de uma mulher perdida. Tampouco podemos concluir que Deus o chamasse à caverna da feiticeira; pois o Senhor já Se havia recusado a comunicar-Se com Saul, por meio de sonhos, por Urim, ou por profetas. 1 Samuel 28:6. Tais eram os meios indicados por Deus para a comunicação, e Ele os não preteriria para transmitir a mensagem pela operação de Satanás. VA 124 2 A própria mensagem traz prova suficiente de sua origem. Seu objetivo não foi levar Saul ao arrependimento, mas impeli-lo à ruína; e isto não é a obra de Deus, mas a de Satanás. Ademais, o ato de Saul ao consultar uma feiticeira é citado nas Escrituras como um motivo por que ele foi rejeitado por Deus e abandonado à destruição: "Morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar e não buscou o Senhor, pelo que o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé." 1 Crônicas 10:13, 14. -- Patriarcas e Profetas, 683. ------------------------Capítulo 11 -- Os anjos desde o tempo de Davi até o cativeiro babilônico O reinado de Davi VA 126 1 A arca permaneceu na casa de Abinadabe até que Davi fosse coroado rei. Ele reuniu todos os homens escolhidos de Israel, cerca de trinta mil, e foi buscar a arca de Deus. Colocaram o móvel sagrado num carro novo, tirando-a da casa de Abinadabe. Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, conduziam o carro. Davi e toda a casa de Israel alegravam-se diante do Senhor através de toda sorte de instrumentos musicais. "E, chegando à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e segurou-a, porque os bois a deixavam pender. Então, a ira do Senhor se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus." 2 Samuel 6:6, 7. Uzá se enfureceu contra os bois porque estes tropeçaram. Manifestou notável desconfiança de Deus, como se Aquele que trouxera a arca da terra dos filisteus não fosse capaz de cuidar dela. Os anjos que acompanhavam a arca castigaram a impaciente presunção de Uzá, que o levou a colocar as mãos na arca. -- Spiritual Gifts 4a:111. VA 127 1 Com o objetivo de estender suas conquistas entre as nações estrangeiras, resolveu Davi aumentar seu exército, exigindo trabalho militar de todos os que estivessem em idade conveniente. Para levar isto a efeito, tornou-se necessário fazer o censo da população. Foram o orgulho e a ambição que motivaram este ato do rei. ... VA 127 2 O objetivo deste empreendimento era diretamente contrário aos princípios de uma teocracia. Mesmo Joabe objetou, embora sem escrúpulos como até ali se havia mostrado. ... "Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe." 1 Crônicas 21:4. ... VA 127 3 Na manhã seguinte foi levada uma mensagem a Davi, pelo profeta Gade: "Assim diz o Senhor: Escolhe para ti: ou três anos de fome, ou que três meses te consumas diante de teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance, ou que três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra e o anjo do Senhor destruam todos os termos de Israel; vê, pois, agora", disse o profeta, "que resposta hei de levar a quem me enviou." 1 Crônicas 21:11, 12. VA 127 4 A resposta do rei foi: ... "Caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as Suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu." 2 Samuel 24:14. -- Patriarcas e Profetas, 747, 748. VA 127 5 Rápida destruição se seguiu. Setenta mil foram mortos pela peste. Davi e os anciãos de Israel ficaram na mais profunda humilhação, lamentando diante do Senhor. Como o anjo do Senhor estava em seu caminho para destruir Jerusalém, Deus pediu-lhe que cessasse sua obra de morte. ... O anjo, em vestimentas de guerra, com uma espada empunhada, e pairando sobre Jerusalém, foi mostrado a Davi e àqueles que o acompanhavam. Davi ficou terrivelmente assustado, mas clamou em desespero e compaixão por Israel. Ele rogou a Deus que salvasse as ovelhas. Em angústia, confessou: "Eu sou o que pequei e eu o que iniquamente procedi; porém estas ovelhas que fizeram? Seja, pois, a Tua mão contra mim e contra a casa de meu pai." 2 Samuel 24:17. -- The Spirit of Prophecy 1:385, 386. VA 128 1 O anjo destruidor detivera-se em seu caminho fora de Jerusalém. Ele ficou sobre o Monte Moriá, "na eira de Ornã, o jebuseu". 1 Crônicas 21:18. Por indicação do profeta, Davi foi ao monte, e ali construiu um altar ao Senhor, "e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos, e invocou o Senhor, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto". 1 Crônicas 21:26. "Assim, o Senhor Se aplacou para com a terra e cessou aquele castigo de sobre Israel." 2 Samuel 24:25. VA 128 2 O local em que o altar foi construído, e que dali em diante seria para sempre considerado terra santa, foi oferecido ao rei por Ornã, como presente. Mas o rei recusou-se a recebê-lo deste modo. ... "E Davi deu a Ornã por aquele lugar o peso de seiscentos siclos de ouro." 1 Crônicas 21:25. Esse local, memorável como o sítio em que Abraão construíra o altar para oferecer seu filho, e agora consagrado por este grande livramento, foi depois escolhido como o local do templo construído por Salomão. ... VA 128 3 Desde o início mesmo do reinado de Davi, um dos seus mais acariciados planos fora construir um templo ao Senhor. Embora não lhe tivesse sido permitido executar este desígnio, não manifestou menos zelo e fervor em prol do mesmo. -- Patriarcas e Profetas, 748, 750. VA 129 1 O Senhor, por intermédio de Seu anjo, instruiu Davi, provendo-lhe um modelo da casa que Salomão deveria construir-Lhe. Um anjo foi comissionado para estar ao lado de Davi enquanto este escrevia, para benefício de Salomão, as importantes orientações relacionadas com os arranjos da casa. -- Spiritual Gifts 4a:94. Salomão VA 129 2 O coração do povo volveu-se para Salomão, conforme havia feito com Davi, de modo que em tudo obedeceu ao novo rei. O Senhor enviou Seu anjo para, em sonhos noturnos, instruir Salomão. Ele sonha que Deus está conversando com ele. "Disse-lhe Deus: Pede o que quiseres que te dê. E disse Salomão: De grande benevolência usaste Tu com Teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a Tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia. ... A Teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este Teu tão grande povo?" 1 Reis 3:5, 6, 9. -- Spiritual Gifts 4a:96, 97. VA 129 3 Além dos querubins no topo da arca, Salomão fez dois outros anjos de grande tamanho, assentados em cada extremidade da arca, para representar os anjos celestiais que sempre guardam a lei de Deus. É impossível descrever o esplendor e beleza desse tabernáculo. Ali, tal como no tabernáculo [do deserto], a arca sagrada era preservada em solene e reverente ordem em seu lugar sob as asas dos dois querubins que permaneciam sobre o piso. -- The Spirit of Prophecy 1:413. Elias VA 130 1 Após sua primeira aparição diante de Acabe para transmitir-lhe os vindouros juízos de Deus diante da apostasia, do rei e de Israel, Deus dirigiu [Elias] a um lugar seguro, entre as montanhas e junto ao ribeiro de Querite, fora do poder de Jezabel. Ali Ele honrou Elias ao enviar-lhe alimento pela manhã e à tarde, utilizando um anjo do Céu. Quando o ribeiro secou, Deus enviou o profeta a uma viúva de Sarepta, operando diariamente um milagre para manter alimentados Elias e a família da viúva. -- Testimonies for the Church 3:288. VA 130 2 Diante do rei Acabe e dos falsos profetas, e rodeado das tribos reunidas de Israel está Elias, o único que apareceu para reivindicar a honra de Jeová. Aquele a quem todo o reino tinha responsabilizado por sua carga de flagelo, está agora perante eles, aparentemente sem defesa na presença do soberano de Israel, dos profetas de Baal, dos homens de guerra e dos milhares que o rodeavam. Mas Elias não está sozinho. Acima e ao redor dele estão as forças protetoras do Céu -- anjos magníficos em poder. -- Profetas e Reis, 147. VA 130 3 Em plena luz do dia, cercado por milhares -- homens de guerra, profetas de Baal e o rei de Israel -- permanece o indefeso Elias, aparentemente sozinho, mas não em verdade. Os mais poderosos exércitos do Céu o circundavam. Anjos excelentes em força vieram do Céu para proteger o fiel e justo profeta. Com voz firme e decidida, Elias pergunta: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; e, se Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada." 1 Reis 18:21. -- Testimonies for the Church 3:280. VA 131 1 Enquanto Israel no Carmelo duvidava e hesitava, a voz de Elias de novo quebra o silêncio: "Só eu fiquei por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens. Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus." 1 Reis 18:22-24. -- Profetas e Reis, 148, 149. VA 131 2 Quão alegremente teria vindo Satanás, aquele que do Céu caiu como um raio, em auxílio dos que enganara e cuja mente controlara, e que fielmente se haviam devotado a seu serviço! Com muito prazer haveria enviado raios para queimarem os sacrifícios; mas Jeová estabelecera limites a Satanás. Restringira seu poder, e nem mesmo todos os seus ardis seriam capazes de acender uma única fagulha no altar de Baal. -- The Review and Herald, 30 de Setembro de 1873. VA 131 3 Abandonou Deus a Elias em sua hora de provas? Oh, não! Ele não amava menos Seu servo quando este se sentiu abandonado de Deus e dos homens, do que quando, em resposta a sua oração, flamejou fogo do céu e iluminou o topo do monte. E agora, havendo Elias adormecido, um suave toque e delicada voz o despertou. Ele se ergue aterrorizado, como quem vai fugir, temendo que o inimigo o tivesse descoberto. Mas a face compassiva que se inclinava sobre ele não era a de um inimigo, mas de um amigo. Deus tinha enviado um anjo do Céu com alimento para Seu servo. "Levanta-te e come", disse o anjo. "E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água." 1 Reis 19:5, 6. VA 132 1 Depois de haver-se servido do alimento para si preparado, Elias deitou-se de novo e adormeceu. Pela segunda vez veio o anjo. Tocando o exausto homem, disse com terna piedade: "Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho. Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus" (1 Reis 19:7, 8), onde encontrou refúgio numa caverna. -- Profetas e Reis, 166. VA 132 2 No deserto, em solidão e desencorajamento [depois de sua experiência no topo do Monte Carmelo], Elias dissera que já havia vivido bastante, e orara pedindo a morte. Mas o Senhor em Sua misericórdia não o tomara pela palavra. Grande obra havia ainda para ser feita por Elias. -- Profetas e Reis, 228. VA 132 3 Por meio de um poderoso anjo, a palavra do Senhor veio ao profeta: "Que fazes aqui, Elias?" 1 Reis 19:9. Em amargura de alma, ele externou sua queixa: "Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o Teu concerto, derribaram os Teus altares e mataram os Teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para ma tirarem." 1 Reis 19:10. VA 132 4 Pedindo ao profeta que saísse da caverna em que se encontrava escondido, o anjo lhe ordenou que ficasse em pé no monte, diante do Senhor, e ouvisse as Suas palavras. Elias obedeceu e "eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento, que fendia os montes e quebrava as penhas diante da face do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e, depois do vento, um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; e, depois do terremoto, um fogo; porém o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna". 1 Reis 19:11-13. Sua petulância foi silenciada, seu espírito suavizado e subjugado. Agora ele sabia que a calma e firme confiança em Deus sempre lhe seria de ajuda em tempos de necessidade. -- The Review and Herald, 23 de Outubro de 1913. VA 133 1 Quando Elias estava prestes a deixar Eliseu, disse-lhe: "Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim." 2 Reis 2:9. -- Obreiros Evangélicos, 116. VA 133 2 "E disse [Elias]: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará. ... E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao Céu num redemoinho. VA 133 3 "O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!" 2 Reis 2:10-12. -- Educação, 60. Eliseu VA 134 1 No segundo livro dos Reis lemos o modo como santos anjos vieram em missão protetora ao servo escolhido de Deus. O profeta Eliseu encontrava-se em Dotã e o rei da... [Síria] enviou cavalos e carros e uma grande multidão para prendê-lo. "E o moço do homem de Deus se levantou mui cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então, o seu moço lhe disse: Ai! meu senhor! que faremos?" 2 Reis 6:15. -- Atlantic Union Gleaner, 20 de Agosto de 1902. VA 134 2 "Não temas", foi a resposta do profeta, "porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles." 2 Reis 6:16. E então, para que o servo pudesse conhecer isto por si mesmo, "orou Eliseu e disse: Senhor, peço-Te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu". 2 Reis 6:17. Entre o servo de Deus e a multidão dos inimigos armados estava um grupo circundante de anjos celestiais. Eles tinham vindo com grande poder, não para destruir, não para pedir homenagem, mas para acampar em torno e ministrar aos desajudados e fracos servos do Senhor. -- Profetas e Reis, 256, 257. VA 134 3 Não foi dado a Eliseu seguir seu mestre num carro de fogo. Sobre ele o Senhor permitiu que viesse uma prolongada enfermidade. Durante as longas horas de sofrimento e fraqueza humana, sua fé permaneceu posta nas promessas de Deus, e ele sentiu sempre em torno de si mensageiros celestiais de conforto e paz. Como nos altos de Dotã ele vira os exércitos circundantes do Céu, os carros de fogo de Israel e seus cavaleiros, estava ele agora cônscio da presença cheia de simpatia dos anjos; e foi sustentado. -- Profetas e Reis, 263, 264. Isaías VA 135 1 Nos dias de Isaías a própria idolatria já não provocava surpresa. Isaías 2:8, 9. Práticas iníquas tinham-se tornado tão predominantes entre todas as classes, que os poucos que permaneciam fiéis a Deus eram não raro tentados a perder o ânimo, dando lugar ao desencorajamento e desespero. ... VA 135 2 Tais eram os pensamentos que fervilhavam na mente de Isaías ao estar sob o pórtico do templo. Subitamente, pareceu-lhe que o portal e o véu interior do templo eram levantados ou afastados, e foi-lhe permitido olhar para dentro, sobre o santo dos santos, onde nem mesmo os pés do profeta podiam entrar. Ali surgiu ante ele a visão de Jeová assentado em Seu trono alto e sublime, enquanto o séquito de Sua glória enchia o templo. De cada lado do trono pairavam serafins, a face encoberta em adoração, enquanto ministravam perante seu Criador, e se uniam em solene invocação: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a Terra está cheia da Sua glória." Isaías 6:3. -- Profetas e Reis, 306, 307. VA 135 3 Uma glória indescritível procedia do Personagem sobre o trono, e Seu séquito enchia o templo. ... Querubins postavam-se a cada lado do propiciatório, como guardiões em volta do grande Rei, resplandecendo com a glória que procedia da presença de Deus. Quando seus cânticos de louvor ressoavam em profundas e sinceras notas de adoração, os pilares da porta tremiam, como que sacudidos por um terremoto. Esses seres santos cantavam o louvor e a glória de Deus com lábios incontaminados pelo pecado. O contraste entre o frágil louvor que ele [Isaías] estivera acostumado a oferecer ao Criador, e as ferventes aleluias dos serafins, espantaram e humilharam o profeta. Tivera a oportunidade, o sublime privilégio de apreciar a imaculada pureza do exaltado caráter de Jeová. VA 136 1 Enquanto escutava o cântico dos anjos, ao estes exclamarem: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a Terra está cheia da Sua glória" (Isaías 6:3), a glória, o infinito poder e a insuperável majestade do Senhor passaram diante de seus olhos, e ele foi impressionado ao mais profundo da alma. À luz deste brilho incontaminado, que tornava manifesto tudo o que ele era capaz de suportar da revelação do divino caráter, sua própria impureza íntima apareceu diante dele com aterradora clareza. Até mesmo suas palavras lhe pareceram vis. -- The Review and Herald, 16 de Outubro de 1888. VA 136 2 Os serafins habitam na presença de Jesus, mas ainda assim cobrem com as asas a face e os pés. Ao olharem para o Rei em Sua beleza, cobrem-se a si próprios. Quando Isaías viu a glória de Deus, sua alma foi prostrada ao pó. Em virtude da claríssima visão que graciosamente teve o privilégio de contemplar, ele se humilhou. Este será sempre o efeito sobre a mente humana quando os raios do Sol da Justiça brilham gloriosamente na alma. ... À medida que a crescente glória de Cristo é revelada, o agente humano não verá qualquer glória em si mesmo, pois as ocultas deformidades da alma serão expostas, a exaltação e glorificação próprias serão extintas. O eu morre, e Cristo vive. -- Bible Echo and Signs of the Times, 3 de Dezembro de 1894. VA 137 1 Tais eram as perspectivas que acenavam a Isaías quando ele foi chamado para a missão profética; mas ele não se desencorajou, pois em seus ouvidos soava o coro triunfal dos anjos ao redor do trono de Deus: "Toda a Terra está cheia da Sua glória." Isaías 6:3. E sua fé foi fortalecida pela visão de gloriosas conquistas da parte da igreja de Deus, quando a Terra "se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar". Isaías 11:9. -- Profetas e Reis, 371. Ezequiel VA 137 2 Sobre as barrancas do rio Quebar, Ezequiel contemplou um vento tempestuoso que parecia vir do norte, "uma grande nuvem, com um fogo a revolver-se, e um resplendor ao redor dela, e no meio uma coisa como cor de âmbar". Ezequiel 1:4. Uma porção de rodas intercaladas umas nas outras eram movidas por quatro seres viventes. E por cima de tudo "havia uma semelhança de trono como de uma safira; e, sobre a semelhança do trono, havia como que a semelhança de um homem, no alto, sobre ele". Ezequiel 1:26. "E apareceu nos querubins uma semelhança de mão de homem debaixo das suas asas." Ezequiel 10:8. VA 137 3 As rodas eram de um arranjo tão complicado, que à primeira vista pareciam uma confusão; não obstante elas se moviam em perfeita harmonia. Seres celestiais, sustentados e guiados pela mão sob as asas dos querubins, estavam impelindo essas rodas; acima deles, sobre o trono de safira, estava o Eterno; e ao redor do trono havia um arco-íris, símbolo da divina misericórdia. VA 138 1 Assim como as rodas com aparência tão complicada estavam sob a guia da mão por baixo das asas dos querubins, também o complicado jogo dos eventos humanos está sob divino controle. Em meio a lutas e tumultos das nações, Aquele que Se assenta sobre querubins ainda guia os negócios da Terra. -- Profetas e Reis, 535, 536. ------------------------Capítulo 12 -- Os anjos desde o cativeiro até João Batista Daniel e seus três companheiros VA 139 1 O amor e o temor de Deus estavam diante de Daniel, o qual educou e disciplinou todas as suas faculdades para corresponderem o máximo possível ao amoroso cuidado do Grande Mestre, consciente de sua responsabilidade para com Deus. Os quatro jovens hebreus não estavam dispostos a consentir que motivos egoístas e o amor às diversões ocupassem os áureos momentos desta vida. Trabalhavam com coração voluntário e ânimo pronto. Esta não é uma norma tão elevada que não possa ser alcançada por todo cristão. Deus requer mais de todo estudante cristão do que o que Lhe tem sido dado. Sois "espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens". 1 Coríntios 4:9. -- Fundamentos da Educação Cristã, 230. VA 139 2 Aqueles que procederem como Daniel e seus companheiros, terão igualmente a cooperação de Deus e dos anjos. -- Manuscript Releases 4:125. A fornalha ardente de Nabucodonosor VA 139 3 Como nos dias de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, no período final da história da Terra o Senhor operará poderosamente em favor dos que ficarem firmes pelo direito. Aquele que andou com os hebreus valorosos na fornalha ardente, estará com os Seus seguidores em qualquer lugar. Sua constante presença confortará e sustentará. Em meio do tempo de angústia -- angústia como nunca houve desde que houve nação -- Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como "Deus dos deuses" (Daniel 2:47), capaz de salvar perfeitamente os que nEle puseram a sua confiança. -- Profetas e Reis, 513. A festa de Belsazar VA 140 1 Enquanto se achava aquela noite em meio a idólatra festa, repentinamente a face do rei se torna pálida e ele parece paralisado de terror. Eis que uma não humana mão traça caracteres sobre a parede à sua frente. Os fanfarrões discernem a curiosa e, para eles, ininteligível escrita. A enorme alegria se apaga e doloroso silêncio cai sobre a multidão. Os pensamentos do rei o turbaram, "as juntas dos seus lombos se relaxaram, e os seus joelhos bateram um no outro". Daniel 5:6. Tremendo alarmado, "ordenou o rei, com força, que se introduzissem os astrólogos, os caldeus e os adivinhadores; e falou o rei e disse aos sábios de Babilônia: Qualquer que ler esta escritura e me declarar a sua interpretação será vestido de púrpura, e trará uma cadeia de ouro ao pescoço, e será, no reino, o terceiro dominador". Daniel 5:7. Mas aqueles homens eram tão incapazes de interpretar os místicos caracteres traçados pela mão do anjo de Deus quanto haviam sido de fazê-lo em relação ao sonho de Nabucodonosor. -- The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881. VA 141 1 Houve uma testemunha... no palácio de Belsazar durante aquela festa. ... O anjo ali presente traçou os caracteres sobre a parede do palácio. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 517. Daniel na cova dos leões VA 141 2 Daniel orava a Deus três vezes ao dia. Satanás se torna irado ao som da fervorosa prece, pois sabe que será derrotado. Daniel era o preferido, acima de presidentes e príncipes, pois nele havia um espírito excelente. Anjos caídos temiam que sua influência pudesse enfraquecer o controle que eles exerciam sobre os príncipes do reino. ... A acusadora multidão de anjos maus despertou a inveja e ciúmes dos presidentes e príncipes, de modo que passaram a vigiar atentamente a Daniel, esperando encontrar alguma ocasião de situá-lo mal num relatório ao rei, porém fracassaram. Então aqueles agentes do mal intentaram destruí-lo a partir de sua fidelidade a Deus. Anjos maus estabeleceram o plano e eles se apressaram em colocá-lo em prática. O rei ignorava os sutis propósitos maus intentados contra Daniel. VA 141 3 Mesmo depois de conhecer plenamente o decreto do rei, [Daniel] prosseguiu ajoelhando-se diante de Deus, com as janelas abertas. Considerava as súplicas a Deus suficientemente importantes a ponto de sacrificar sua vida, do que abrir mão delas. Por causa de suas preces a Deus foi ele atirado na cova dos leões. Anjos maus realizaram até esse ponto seu propósito. Entretanto, Daniel prosseguiu orando, mesmo na cova dos leões. ... Porventura Deus Se esqueceu dele? Oh, não! Jesus, o poderoso Comandante dos exércitos do Céu, enviou o Seu anjo para fechar a boca dos famintos leões, de modo que não pudessem ferir o suplicante homem de Deus, e assim tudo permaneceu em paz naquele terrível fosso. O rei testemunhou sua preservação e o fez sair com honras. Satanás e seus anjos foram derrotados e se iraram. Os agentes que Satanás utilizara foram condenados a perecer da maneira terrível que eles haviam destinado a Daniel. -- Spiritual Gifts 4b:85, 86. Gabriel é enviado para explicar a visão de Daniel 8 VA 142 1 Pouco antes da queda de Babilônia, quando Daniel estava meditando nessas profecias [de Isaías e Jeremias], e buscando a Deus a fim de compreender os tempos, foi-lhe dada uma série de visões concernentes ao surgimento e queda de reinos. Com a primeira visão, segundo se acha registrada no sétimo capítulo do livro de Daniel, foi-lhe dada a interpretação, mas nem tudo ficou claro para o profeta. "Os meus pensamentos muito me espantavam", ele escreveu de sua experiência nesse tempo, "e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei essas coisas no meu coração." Daniel 7:28. VA 142 2 Mediante outra visão foi derramada luz adicional sobre os acontecimentos do futuro; e foi ao final desta visão que Daniel ouviu "um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão?" Daniel 8:13. A resposta: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" (Daniel 8:14), encheu-o de perplexidade. Fervorosamente procurou entender o significado da visão. Ele não podia compreender a relação dos setenta anos do cativeiro como preditos por Jeremias, para com os dois mil e trezentos anos que nessa visão ouvira o visitante declarar que mediariam até a purificação do santuário. O anjo Gabriel lhe deu uma interpretação parcial; mas quando o profeta ouviu as palavras: "Só daqui a muitos dias se cumprirá" (Daniel 8:26), ele desmaiou. ... VA 143 1 Levando ainda o fardo pelo bem de Israel, Daniel estudou de novo as profecias de Jeremias. Elas eram muito claras. ... VA 143 2 Com fé fundada na segura palavra da profecia, Daniel pleiteou do Senhor o imediato cumprimento dessas promessas. -- Profetas e Reis, 553-555. VA 143 3 À medida que a oração de Daniel avança, o anjo Gabriel voa rapidamente desde as cortes celestiais, para assegurar ao profeta que suas orações haviam sido ouvidas e atendidas. Este poderoso anjo fora comissionado para dar sabedoria e compreensão a Daniel -- para abrir diante dele os mistérios de eras futuras. Assim, enquanto buscava sinceramente conhecer e compreender a verdade, Daniel foi posto em comunhão com o mensageiro delegado pelo Céu. -- The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881. VA 143 4 Antes mesmo de encerrar sua súplica diante de Deus, [Daniel] recebeu novamente a visita de Gabriel, que veio para focalizar a atenção do profeta na visão que ele tivera antes da queda de Babilônia e da morte de Belsazar. O anjo detalhou então o período das setenta semanas. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1907. A luta pelo controle sobre os reis da Pérsia VA 144 1 Os agentes celestiais necessitam lutar contra obstáculos antes de, ao devido tempo, poderem cumprir o propósito de Deus. O rei da Pérsia estava sob o domínio do mais poderoso dentre os anjos maus. Recusava-se, conforme fizera Faraó, a obedecer à palavra do Senhor. Gabriel declarou que Satanás se lhe havia oposto durante vinte e um dias em suas acusações contra os judeus. Mas Miguel veio em seu auxílio e então permaneceu com os reis da Pérsia, mantendo sem ação os poderes do mal e oferecendo bons conselhos, em lugar dos maus. -- The S.D.A. Bible Commentary 4:1173. VA 144 2 [Ciro], o rei [persa], resistira durante vinte e um dias às impressões do Espírito de Deus, enquanto Daniel jejuava e orava. Entretanto, o Príncipe do Céu, o arcanjo Miguel, foi enviado para modificar o coração do obstinado rei, de modo a tomar uma decisão que respondesse à oração de Daniel. -- The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881. VA 144 3 Ninguém menos que o Filho de Deus apareceu a Daniel. Sua descrição é semelhante àquela apresentada por João quando Cristo lhe apareceu na Ilha de Patmos. VA 144 4 Nosso Senhor vem agora com outro mensageiro celestial para mostrar a Daniel o que ocorreria nos últimos dias. -- The Review and Herald, 8 de Fevereiro de 1881. VA 144 5 Daniel... não conseguiu olhar o rosto do anjo, e já não possuía forças. Estas haviam desaparecido. Portanto, o anjo veio até ele e o colocou de joelhos. Ainda assim não conseguiu contemplar o anjo. Este apresentou-se então com aparência humana. Assim o profeta conseguiu suportar a visão. -- Manuscript Releases 2:348. VA 145 1 A vitória foi finalmente obtida e as forças inimigas foram mantidas sem ação todos os dias de Ciro, que reinou sete anos, e durante todos os dias de seu filho Cambisses, que reinou sete anos e meio. -- The Review and Herald, 5 de Dezembro de 1907. O segundo templo VA 145 2 O segundo templo não igualava o primeiro em magnificência, nem recebeu o toque visível da presença divina, como no caso do primeiro templo. Não houve manifestação de poder sobrenatural para assinalar sua dedicação. Nenhuma nuvem de glória foi vista inundar o santuário recém-erigido. Nenhum fogo desceu do Céu para consumir o sacrifício sobre o seu altar. O shekinah não mais habitava entre os querubins no santo dos santos; a arca, o propiciatório e as tábuas do testemunho não se encontravam ali. Nenhum sinal do Céu tornou conhecida ao sacerdote inquiridor a vontade de Jeová. -- Profetas e Reis, 596, 597. Esdras VA 145 3 Os filhos do cativeiro que tinham voltado com Esdras, "ofereceram holocaustos ao Deus de Israel" (Esdras 8:35), como sacrifício pelo pecado, e como sinal de seu reconhecimento e ação de graças pela proteção de santos anjos durante a viagem. -- Profetas e Reis, 619. Neemias VA 146 1 Neemias esperara quatro meses por uma oportunidade favorável de apresentar seu pedido ao rei. Durante este tempo, embora o seu coração estivesse carregado de dor, ele procurou mostrar-se alegre na presença real. Nas salas de luxo e esplendor, todos deviam parecer alegres e felizes. A tristeza não devia lançar sua sombra sobre a face de qualquer assistente da realeza. Mas no período de retraimento de Neemias, ocultas da vista dos homens, muitas foram as orações, as confissões, as lágrimas, ouvidas e testemunhadas por Deus e os anjos. -- Profetas e Reis, 630. As visões de Zacarias VA 146 2 "Tornei a levantar os meus olhos", diz Zacarias, "e vi, um homem em cuja mão estava um cordel de medir. E eu disse: Para onde vais tu? E ele me disse: Medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento. E eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro anjo lhe saiu ao encontro e lhe disse: Corre, fala a este jovem, dizendo: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão, nela, dos homens e dos animais. E Eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor e Eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória." Zacarias 2:1-5. -- The Review and Herald, 26 de Dezembro de 1907. A visão de Josué e o anjo VA 146 3 A cena de Satanás como acusador foi apresentada diante do profeta. Ele diz: "Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor." Zacarias 3:1. -- The Review and Herald, 22 de Agosto de 1893. VA 147 1 Uma ilustração muito viva e impressionante da obra de Satanás e da de Cristo, e do poder de nosso Mediador para vencer o acusador de Seu povo, é dada na profecia de Zacarias. Em santa visão o profeta contempla a Josué, o sumo sacerdote, "vestido de vestes sujas" (Zacarias 3:3), diante do Anjo do Senhor, suplicando a misericórdia de Deus em favor de seu povo, que se acha em profunda aflição. Satanás acha-se a Sua mão direita, para resistir-Lhe. VA 147 2 Visto que Israel fora escolhido para preservar na Terra o conhecimento de Deus, tinham sido eles desde quando vieram a existir como nação, o objeto especial da inimizade de Satanás, e ele determinara promover sua destruição. Não lhes podia ele fazer mal algum enquanto fossem obedientes a Deus; por isso dobrou todo o seu poder e astúcia para os induzir ao pecado. Enganados por suas tentações, haviam transgredido a lei de Deus, separando-se assim da Fonte de sua força, tendo sido deixados a tornar-se presa de seus inimigos gentios. Foram levados em cativeiro para a Babilônia, e ali permaneceram por muitos anos. VA 147 3 Entretanto, não foram abandonados pelo Senhor. Foram-lhes enviados Seus profetas, com repreensões e advertências. O povo foi desperto para reconhecer sua culpa, humilharam-se perante Deus e a Ele volveram com arrependimento verdadeiro. Então o Senhor lhes enviou mensagens de animação, declarando que os livraria do cativeiro e os restauraria ao Seu favor. Isso era o que Satanás estava resolvido a impedir. Já um remanescente de Israel voltara para sua terra, e Satanás procurava levar as nações pagãs, que eram agentes seus, a destruí-los por completo. ... VA 148 1 O sumo sacerdote [Josué] não se pode defender, nem ao seu povo, das acusações de Satanás. Não alega que Israel esteja livre de falta. Em suas vestes sujas, simbolizando os pecados do povo, com os quais ele arca como representante seu, está ele perante o anjo, confessando a falta deles, mas ao mesmo tempo alegando seu arrependimento e humilhação, confiando na misericórdia de um Redentor que perdoa o pecado e, com fé, suplicando as promessas de Deus. VA 148 2 Então o Anjo, que é o próprio Cristo, o Salvador dos pecadores, reduz ao silêncio o acusador do Seu povo, declarando: "O Senhor te repreende, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias 3:2. Israel por muito tempo permanecera na fornalha da aflição. Por causa de seus pecados foram quase consumidos na chama acesa por Satanás e seus agentes, para sua destruição; mas Deus agora Se lançara à obra de os salvar. Penitentes e humilhados como se acham, o compassivo Salvador não abandona Seu povo ao cruel poder dos pagãos. ... VA 148 3 Depois de aceita a intercessão de Josué, é dada a ordem: "Tirai-lhe as vestes sujas", e o Anjo declara a Josué: "Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes. ... Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios." Zacarias 3:4, 5. Foram perdoados os seus próprios pecados e os do povo. Israel vestiu "vestes novas" -- a justiça de Cristo imputada a eles. A mitra colocada sobre a cabeça de Josué era como a que usavam os sacerdotes, e trazia a inscrição: "Santidade ao Senhor" (Zacarias 14:20), significando que, não obstante suas transgressões anteriores, achava-se ele agora habilitado a ministrar perante Deus em Seu santuário. VA 149 1 Depois de assim o haver solenemente investido da dignidade do sacerdócio, declarou o Anjo: "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Zacarias 3:7. Seria ele honrado, como juiz ou administrador do templo e de todos os seus serviços; deveria andar entre os anjos assistentes, mesmo nesta vida, e no final unir-se à glorificada multidão ao redor do trono de Deus. -- Testemunhos Selectos 2:170-172. VA 149 2 Esta palavra de segurança é oferecida a todos os que possuem fé em Deus. Recebam esta maravilhosa promessa. Não é um ser humano quem está falando. "Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos Meus caminhos e se observares as Minhas ordenanças, também tu julgarás a Minha casa e também guardarás os Meus átrios, e te darei lugar entre os que estão aqui." Zacarias 3:7. VA 149 3 "Entre os que estão aqui." Os exércitos dos inimigos, que tentam levar o povo de Deus à divisão, e os exércitos do Céu, milhares e dezenas de milhares de anjos, que protegem e guardam o tentado povo de Deus, animando-os e fortalecendo-os -- são estes "os que estão aqui". Deus diz aos que nEle crêem: Vocês estarão entre estes. Não serão vencidos pelos poderes das trevas. Estarão diante de Mim, na presença de santos anjos, que são enviados para ministrar àqueles que haverão de herdar a salvação. -- The Review and Herald, 30 de Abril de 1901. A visão do candelabro e das duas oliveiras VA 150 1 Imediatamente após a visão que Zacarias teve de Josué e do anjo, que ofereceu ao sumo sacerdote um testemunho pessoal para encorajamento seu e de todo o povo de Deus, o profeta recebeu outro testemunho pessoal em relação à obra de Zorobabel. Zacarias declara: "Tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, e me disse: Que vês? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no cimo, com as suas sete lâmpadas; e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda." Zacarias 4:1-3. -- The Review and Herald, 16 de Janeiro de 1908. VA 150 2 "Falei mais e disse-lhe: Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua esquerda? E, falando-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois raminhos de oliveira que estão junto aos dois tubos de ouro e que vertem de si ouro? E ele me respondeu: ... São os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a Terra." Zacarias 4:11-14. VA 150 3 Os ungidos que estão diante do Senhor de toda Terra mantêm a posição uma vez outorgada a Satanás como querubim cobridor. Por intermédio dos seres santos que circundam Seu trono, o Senhor mantém constante comunicação com os habitantes da Terra. -- The Review and Herald, 20 de Julho de 1897. Os anjos no tempo de Ester VA 151 1 A decisão do rei [Assuero] foi obtida sob falsos pretextos, mediante uma errônea representação do caráter desse povo. O próprio plano fora inspirado por Satanás, ao qual interessava desarraigar da Terra os que preservam o conhecimento do Deus vivo. Mas essas conspirações falharam diante do poder dos que são enviados a servir a favor dos homens. Anjos magníficos em poder tiveram a incumbência de proteger o povo de Deus, e as maquinações de seus adversários recaíram sobre eles próprios nas suas conseqüências. -- Testemunhos Selectos 2:149, 150. VA 151 2 No dia apontado para a sua destruição, "os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pôr as mãos sobre aqueles que procuravam o seu mal; e nenhum podia resistir-lhes, porque o seu terror caiu sobre todos aqueles povos". Ester 9:2. Anjos magníficos em poder tinham sido comissionados por Deus para proteger Seu povo, enquanto eles se punham "em defesa da sua vida". Ester 9:16. -- Profetas e Reis, 602. O pai de João Batista VA 151 3 Zacarias habitava nas "montanhas da Judéia" (Lucas 1:65), mas fora a Jerusalém, para ministrar por uma semana no templo, serviço requerido duas vezes por ano dos sacerdotes de todas as turmas. ... VA 151 4 Achava-se ele diante do altar de ouro, no lugar santo do santuário. ... De repente, sentiu-se consciente da presença divina. Um anjo do Senhor achava-se "em pé, à direita do altar do incenso". Lucas 1:11. A posição do anjo era uma indicação de favor, mas Zacarias não reparou nisso. Por muitos anos orara pela vinda do Redentor; agora o Céu enviara seu mensageiro para anunciar que essas orações estavam prestes a ser atendidas; a misericórdia de Deus, porém, parecia-lhe demasiadamente grande para ele acreditar. Encheu-se de temor e condenação própria. VA 152 1 Foi, no entanto, saudado com a alegre promessa: "Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. Disse, então, Zacarias ao anjo: Como saberei isso? Pois eu já sou velho, e minha mulher, avançada em idade." Lucas 1:13, 18. ... VA 152 2 À pergunta de Zacarias, disse o anjo: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas." Lucas 1:19. Quinhentos anos antes, Gabriel dera a conhecer a Daniel o período profético que se devia estender até à vinda de Cristo. O conhecimento de que o fim desse período estava próximo, movera Zacarias a orar pelo advento do Redentor. Agora, o próprio mensageiro por meio de quem a profecia fora dada, viera anunciar o seu cumprimento. VA 152 3 As palavras do anjo: "Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus", mostram que ocupa posição de elevada honra, nas cortes celestiais. Quando viera com uma mensagem para Daniel, dissera: "Ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não ser Miguel [Cristo], vosso príncipe." Daniel 10:21. De Gabriel, diz o Salvador em Apocalipse: "Pelo Seu anjo as enviou e as notificou a João, Seu servo." Apocalipse 1:1. E a João o anjo declarou: "Eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas." Apocalipse 22:9. Maravilhoso pensamento -- que o anjo que ocupa, em honra, o lugar logo abaixo do Filho de Deus, é o escolhido para revelar os desígnios de Deus a homens pecadores. -- O Desejado de Todas as Nações, 97-99. VA 153 1 O trabalho de João Batista foi predito pelo anjo que visitou Zacarias no templo. Disse o anjo: "Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. ... Será cheio do Espírito Santo... e converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e irá adiante dEle no espírito e virtude de Elias." Lucas 1:13, 15-17. -- The Review and Herald, 20 de Fevereiro de 1900. VA 153 2 O anjo Gabriel apresentou orientações especiais aos pais de João, no tocante à temperança. Uma lição de reforma de saúde foi dada por um dos mais exaltados anjos do trono celestial. -- The Spirit of Prophecy 2:43. VA 153 3 Em João Batista levantou Deus um mensageiro para preparar o caminho do Senhor. Deveria ele apresentar ao mundo um testemunho definido, ao reprovar e denunciar o pecado. O anjo dissera, ao anunciar a missão e obra de João: "Irá adiante dEle no espírito e virtude de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos e os rebeldes, à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto." Lucas 1:17. -- The Review and Herald, 2 de Agosto de 1898. ------------------------Capítulo 13 -- Os anjos durante a encarnação e infância de Cristo O profundo mistério da encarnação VA 154 1 Ao contemplarmos a encarnação de Cristo, sentimo-nos desconcertados diante de um insondável mistério que a mente humana é incapaz de compreender. Quanto mais refletimos sobre isto, mais surpreendente nos parece o tema. Quão imenso é o contraste entre a divindade de Cristo e a indefesa criancinha na manjedoura de Belém! Como entender a distância entre o poderoso Deus e a desajudada criança? Pois ainda assim o Criador dos mundos, Aquele em quem habitava a plenitude da divindade, manifestou-Se como indefeso bebê na manjedoura. Mais excelso que qualquer dos anjos, igual ao Pai em dignidade e glória, vestido agora do manto da humanidade! Divindade e humanidade combinaram-se misteriosamente, pois o homem e Deus tornaram-se um. É nessa união que encontramos a esperança para nossa decaída raça. -- The Signs of the Times, 30 de Julho de 1896. O universo expectante VA 154 2 A vinda de Cristo a nosso mundo constituiu um grande evento, não apenas para a Terra, mas para todos os mundos do Universo de Deus. Diante das inteligências celestiais deveria Ele assumir a nossa natureza e ser tentado em todas coisas, assim como o somos. -- The Signs of the Times, 20 de Fevereiro de 1893. VA 155 1 Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. ... Mas não somente a Seus filhos nascidos na Terra era feita essa revelação. Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso desígnio de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que "os anjos desejam bem atentar" (1 Pedro 1:12), e será seu estudo através dos séculos sem fim. -- O Desejado de Todas as Nações, 19. Por que assumiu Cristo a natureza humana? VA 155 2 [Satanás] havia-se gabado diante dos anjos celestiais de que se Cristo assumisse a natureza humana, tornar-Se-ia mais fraco que o próprio Satanás, e que assim ele O venceria com seu poder. Vangloriava-se de que Adão e Eva não haviam conseguido resistir às suas insinuações quando ele lhes apelara ao apetite. -- The Review and Herald, 28 de Julho de 1874. VA 155 3 O Filho Unigênito de Deus veio a nosso mundo como homem, para revelar-nos que o homem pode observar a lei de Deus. Satanás, o anjo caído, declarara que nenhum homem seria capaz de guardar a lei de Deus após a desobediência de Adão. -- Manuscript Releases 6:334. VA 155 4 Satanás alegava ser impossível para os seres humanos guardarem a lei de Deus. A fim de provar a falsidade dessa alegação, Cristo deixou Seu elevado comando, tomou sobre Si a natureza do homem e veio à Terra para colocar-Se à testa da raça caída, com o objetivo de demonstrar que a humanidade poderia enfrentar as tentações de Satanás. -- Olhando para o Alto, 166. A natureza humana de Cristo VA 156 1 Sua [de Cristo] natureza humana foi criada; ela nem sequer possuía os poderes angélicos. Era humana, idêntica à nossa. -- Mensagens Escolhidas 3:129. VA 156 2 Cristo, na debilidade humana, deveria suportar as tentações daquele que possuía os poderes de uma natureza mais elevada, a natureza que Deus outorgara à família angelical. -- The Review and Herald, 28 de Janeiro de 1909. VA 156 3 A história de Belém é inexaurível. Nela se acham ocultas a "profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus". Romanos 11:33. Maravilhamo-nos do sacrifício do Salvador em trocar o trono do Céu pela manjedoura, e a companhia dos anjos que O adoravam pela dos animais da estrebaria. O orgulho e presunção humanos ficam repreendidos em Sua presença. Todavia, esse passo não era senão o princípio de Sua maravilhosa condescendência. Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado. Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável. -- O Desejado de Todas as Nações, 48, 49. VA 157 1 Como Deus, Cristo não poderia ser tentado a pecar, assim como não fora tentado a quebrar Seu concerto no Céu. Quando, porém, Cristo humilhou-Se e assumiu a natureza humana, colocou-Se sob a tentação. Ele não assumira nem mesmo a natureza dos anjos, e sim a humanidade, perfeitamente idêntica à nossa, exceto pela mancha do pecado. Um corpo humano, uma mente humana, com todas as suas características peculiares -- Ele era constituído de ossos, cérebro e músculos. Sendo de nossa própria carne, compartilhava das fraquezas da humanidade. As circunstâncias de Sua vida foram de ordem a expor-Se Ele a todas as inconveniências de pertencer ao gênero humano, não em riqueza e facilidades, e sim em pobreza, carência e humilhação. Ele respirou o mesmo ar que inspiramos. Caminhou sobre o solo como o fazemos. Tinha raciocínio, consciência, memória, vontade e afeições de uma alma humana, tudo isso unido à Sua natureza divina. -- Manuscript Releases 16:181, 182. VA 157 2 No Menino de Belém encontrava-se, encoberta, a glória ante a qual se curvam os anjos. Essa inconsciente criancinha era a Semente prometida, a quem apontava o primeiro altar, construído à porta do Éden. -- O Desejado de Todas as Nações, 52. A anunciação VA 157 3 Antes de Seu nascimento [de Cristo] o anjo dissera a Maria: "Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Davi, Seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó." Lucas 1:32, 33. Aquelas palavras, Maria ponderara em seu coração; no entanto, ao passo que acreditava que Seu filho havia de ser o Salvador de Israel, não Lhe compreendia a missão. -- O Desejado de Todas as Nações, 81, 82. VA 158 1 Anjos contemplavam os cansados viajantes, acompanhando José e Maria enquanto estes se dirigiam à cidade de Davi para serem registrados, segundo o decreto de César Augusto. Eles vieram a esta cidade pela providência de Deus, pois, de acordo com a profecia, era nesse lugar que Cristo deveria nascer. Procuraram lugar nas hospedagens, mas não houve lugar para eles. Os ricos e nobres haviam sido recebidos com alegria, haviam encontrado abrigo e refrigério, ao passo que os exaustos viajantes foram compelidos a procurar refúgio num rústico estábulo, que abrigava mudos animais. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872. Antes do nascimento de Cristo VA 158 2 Compreendeu-se no Céu que chegara o tempo para o advento de Cristo ao mundo, e os anjos deixaram a glória para testemunhar a Sua recepção por parte daqueles a quem viera abençoar e salvar. Haviam presenciado a Sua glória no Céu, e agora esperavam que Ele fosse recebido com honras e de acordo com Seu caráter e dignidade de Sua missão. Chegando à Terra, os anjos se aproximaram em primeiro lugar do povo que Deus havia separado dentre as nações do mundo como Seu peculiar tesouro. Não observaram qualquer interesse especial entre os judeus, nenhuma ansiosa espera por serem os primeiros a receber o Redentor e reconhecer Seu advento. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872. VA 158 3 Um anjo visita a Terra a fim de ver quais os que se acham preparados para receber a Jesus. Não pode, porém, distinguir sinal algum de expectação. Não ouve voz alguma de louvor e triunfo, anunciando que o tempo da vinda do Messias está às portas. O anjo paira por algum tempo sobre a cidade escolhida e o templo onde a presença divina tinha sido manifestada durante séculos; mas, mesmo ali, há idêntica indiferença. ... VA 159 1 Com espanto está o mensageiro celestial prestes a voltar para o Céu com a desonrosa notícia, quando descobre alguns pastores que, à noite, vigiam seus rebanhos e, mirando o céu bordado de estrelas, meditam na profecia do Messias a vir à Terra, anelando o advento do Redentor do mundo. Ali se encontra um grupo que está preparado para receber a mensagem celestial. E subitamente o anjo do Senhor aparece anunciando as boas novas de grande alegria. -- O Grande Conflito, 314. VA 159 2 Os anjos passaram por alto as escolas dos profetas, e os palácios dos reis e apareceram a humildes pastores que à noite guardavam seus rebanhos nas colinas de Belém. Primeiro apareceu um anjo, vestido com a armadura celestial. Tão surpresos e aterrorizados se sentiram os pastores, que mal podiam espiar, com indescritível assombro, a glória do visitante que chegara do Céu. O anjo do Senhor pôs-se diante deles e lhes disse: "Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura." Lucas 2:10-12. VA 159 3 Tão pronto seus olhos se haviam acostumado com a gloriosa presença do anjo, eis que toda a colina encheu-se de luz pela presença da maravilhosa glória de uma multidão de anjos que ocupavam as cercanias. O anjo acalmou os temores dos guardiões de ovelhas, abrindo seus olhos para que contemplassem a multidão de seres celestes, todos louvando a Deus e dizendo: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens, a quem Ele quer bem." Lucas 2:14. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. VA 160 1 Os pastores encheram-se de alegria e, assim que a radiante glória desapareceu e os anjos retornaram ao Céu, apressaram-se em compartilhar as alegres novas, partindo em busca do Salvador. Encontraram-nO, conforme testificara o mensageiro celestial, envolto em panos e deitado numa estreita manjedoura. -- The Review and Herald, 17 de Dezembro de 1872. VA 160 2 Satanás observou as planícies de Belém iluminadas pela radiante glória de uma multidão de anjos celestes. Ouviu seus cânticos: "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre os homens." Lucas 2:14. O príncipe das trevas percebeu os surpresos pastores encherem-se de temor enquanto contemplavam as colinas iluminadas. Eles tremeram diante das exibições de excelsa glória que parecia dominar seus sentidos. Até mesmo o líder rebelde tremeu diante da proclamação do anjo aos pastores: "Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor." Lucas 2:10, 11. ... VA 160 3 Satanás sabia que o cântico dos mensageiros celestiais proclamando o advento do Salvador ao mundo decaído, e a alegria expressa diante desse grande evento, não significavam nada de bom para ele. Tenebrosos pressentimentos despertaram-se em sua mente, quanto à influência que teria este advento ao mundo sobre o seu reino. -- The Review and Herald, 3 de Março de 1874. Os magos VA 161 1 Não foi somente nas colinas da Judéia, nem apenas entre os humildes pastores, que os anjos encontraram os que se achavam vigilantes pela vinda do Messias. Na terra dos gentios havia também os que por Ele esperavam; eram homens sábios, ricos e nobres filósofos do Oriente. Estudiosos da Natureza, haviam os magos visto a Deus em Sua obra. Pelas Escrituras hebraicas tinham aprendido acerca da Estrela que deveria surgir de Jacó, e com ardente desejo esperavam a vinda dAquele que seria não somente a "Consolação de Israel" (Lucas 2:25), mas uma "luz para alumiar as nações" (Lucas 2:32), e "salvação até aos confins da Terra". Atos dos Apóstolos 13:47. -- O Grande Conflito, 315. VA 161 2 Os sábios... haviam estudado as profecias e sabiam que se achava às portas o tempo em que Cristo deveria vir. Achavam-se ansiosamente aguardando por algum notável sinal deste grande evento, para que pudessem encontrar-se entre os primeiros a dar as boas-vindas ao Rei celestial e adorá-Lo. Estes sábios haviam contemplado os céus iluminados com a luz que irradiara dos mensageiros celestiais que anunciaram o nascimento de Cristo aos pastores de Israel. Depois que a multidão angélica retornara ao Céu, uma brilhante estrela aparecera. A aparência incomum da grande e luminosa estrela, que nunca antes haviam observado, pendente no Céu como que significando um sinal, atraiu a atenção dos magos, e o Espírito de Deus moveu-os a saírem à procura dAquele que viera do Céu para visitar o mundo caído. -- Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 16. VA 162 1 Ao dissipar-se a luz [dos anjos sobre Belém], surgiu uma luminosa estrela que permaneceu no céu. Não era uma estrela fixa, nem um planeta, e o fenômeno despertou o mais vivo interesse. Aquela estrela era um longínquo grupo de anjos resplandecentes, mas isso os sábios ignoravam. Tiveram, todavia, a impressão de que aquela estrela tinha para eles significado especial. Consultaram sacerdotes e filósofos, e examinaram os rolos dos antigos registros. A profecia de Balaão declarara: "Uma Estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel." Números 24:17. Teria acaso sido enviada essa singular estrela como precursora do Prometido? Os magos acolheram com agrado a luz da verdade enviada pelo Céu; agora era sobre eles derramada em mais luminosos raios. Foram instruídos em sonhos a ir em busca do recém-nascido Príncipe. -- O Desejado de Todas as Nações, 60. VA 162 2 Anjos de Deus, com a aparência de uma estrela, conduziram os sábios em sua missão de procura a Jesus. Estes vieram com presentes custosos e ofertas de incenso e mirra, para entregar sua oferenda ao menino Rei predito pela profecia. Seguiram os brilhantes mensageiros com segurança e grande alegria. -- The Review and Herald, 9 de Dezembro de 1884. VA 162 3 Os homens sábios conduziram seu caminho para onde a estrela parecia guiá-los. À medida que se aproximavam da cidade de Jerusalém, a estrela foi-se apagando, e deixou de guiá-los. Raciocinaram que os judeus em Jerusalém não ignorariam o grande evento da chegada do Messias, de modo que fizeram perguntas na vizinhança da cidade. Expuseram claramente seu objetivo. Estavam à procura de Jesus, o rei dos judeus, pois haviam visto Sua estrela no oriente, e haviam vindo para adorá-Lo. -- Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 16. VA 163 1 A chegada dos magos foi prontamente divulgada por toda Jerusalém. Sua estranha mensagem criou entre o povo um despertamento que penetrou no palácio do rei Herodes. O astuto edomita foi despertado ante a notícia de um possível rival. ... VA 163 2 Herodes suspeitou que os sacerdotes estivessem tramando com os estrangeiros para despertar um tumulto popular, destronando-o. Ocultou, no entanto, sua desconfiança, decidido a malograr-lhes os planos por maior astúcia. Convocando os principais dos sacerdotes e os escribas, interrogou-os quanto aos ensinos dos livros sagrados com relação ao lugar do nascimento do Messias. VA 163 3 Essa indagação do usurpador do trono, e o ser feita a instâncias de estrangeiros, incitou o orgulho dos mestres judeus. A indiferença com que se voltaram para os rolos da profecia, irritou o ciumento tirano. Julgou que estavam buscando ocultar seu conhecimento do assunto. Com uma autoridade que não ousaram desatender, ordenou-lhes que fizessem atenta busca e declarassem o lugar do nascimento do esperado Rei. "E eles lhe disseram: Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta." Mateus 2:5. ... VA 163 4 Os sacerdotes e anciãos de Jerusalém não eram tão ignorantes a respeito do nascimento de Cristo como simulavam. A notícia da visita dos anjos aos pastores fora levada a Jerusalém, mas os rabis a haviam recebido como pouco digna de atenção. Eles próprios poderiam haver encontrado Jesus, e estado preparados para conduzir os magos ao lugar em que nascera; ao invés disso, porém, foram eles que lhes vieram chamar a atenção para o nascimento do Messias. "Onde está Aquele que é nascido Rei dos judeus?" perguntaram; "porque vimos a Sua estrela no Oriente e viemos a adorá-Lo." Mateus 2:2. VA 164 1 Então o orgulho e a inveja cerraram a porta à luz. Fossem acreditadas as notícias trazidas pelos pastores e os magos, e teriam colocado os sacerdotes e rabinos numa posição nada invejável, destituindo-os de suas pretensões a exponentes da verdade de Deus. Estes doutos mestres não desceriam a ser instruídos por aqueles a quem classificavam de gentios. Não poderia ser, diziam, que Deus os passasse por alto, para Se comunicar com pastores ignorantes ou incircuncisos pagãos. Resolveram mostrar desprezo pelas notícias que estavam agitando o rei Herodes e toda Jerusalém. Nem mesmo iriam a Belém, a ver se estas coisas eram assim. ... VA 164 2 Sozinhos partiram os magos de Jerusalém. Caíam as sombras da noite quando saíram das portas, mas, para sua grande alegria viram novamente a estrela, e foram guiados a Belém. Não tinham, como os pastores, recebido comunicação quanto ao humilde estado da Criança. ... Em Belém, não encontraram nenhuma guarda real a proteger o recém-nascido Rei. Não havia a assisti-Lo nenhum dos grandes da Terra. Jesus estava deitado numa manjedoura. Os pais, iletrados camponeses, eram Seus únicos guardas. ... VA 164 3 "E, entrando na casa, acharam o Menino com Maria, Sua mãe, e, prostrando-se, O adoraram." Mateus 2:11. Através da humilde aparência exterior de Jesus, reconheceram a presença da Divindade. -- O Desejado de Todas as Nações, 61-63. VA 165 1 Depois que a missão dos sábios fora completada, era seu propósito retornar e levar a Herodes as alegres novas de seu sucesso na jornada. Deus, contudo, enviou Seus anjos durante a noite para modificar o trajeto dos magos. Em visão noturna foram eles claramente orientados quanto a não retornar a Herodes. Eles obedeceram aos mensageiros celestiais e retornaram para casa por outro caminho. -- Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 19. VA 165 2 De igual maneira, recebeu José aviso de fugir para o Egito com Maria e a criança. E o anjo disse: "E demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o Menino para O matar." Mateus 2:13. José obedeceu sem demora, pondo-se de viagem à noite, para maior segurança. ... VA 165 3 Em Jerusalém, Herodes aguardava impaciente a volta dos magos. Como passasse o tempo, e não aparecessem, despertaram-se nele suspeitas. ... Imediatamente foram enviados soldados a Belém, com ordem de matar todas as crianças de dois anos e para baixo. -- O Desejado de Todas as Nações, 64, 65. VA 165 4 Mas um poder mais elevado achava-se operando contra os planos do príncipe das trevas. Anjos de Deus frustraram seus desígnios e protegeram a vida do menino Redentor. -- The Signs of the Times, 4 de Agosto de 1887. VA 165 5 José, que ainda se achava no Egito, foi então solicitado por um anjo de Deus a voltar para a terra de Israel. ... Ouvindo, porém, que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai, receou que o desígnio do pai contra Cristo pudesse ser executado pelo filho. ... VA 166 1 Novamente foi José encaminhado para um lugar de segurança. Voltou para Nazaré, sua residência anterior, e ali, por cerca de trinta anos viveu Jesus. ... Deus... comissionou anjos para assisti-Lo e protegê-Lo até que cumprisse Sua missão na Terra, e morresse às mãos daqueles a quem viera salvar. -- O Desejado de Todas as Nações, 66, 67. Os anos silenciosos VA 166 2 Desde Seus primeiros anos, [Cristo] viveu uma vida de trabalho. A maior parte de Sua vida terrestre foi gasta em paciente trabalho na oficina de carpintaria de Nazaré. Sob a aparência de um operário comum, o Senhor da vida pisou as ruas da pequena cidade na qual vivia, indo e vindo de Seu humilde trabalho. Anjos ministradores O assistiam enquanto caminhava lado a lado com agricultores e operários, sem ser reconhecido nem honrado. -- The Review and Herald, 3 de Outubro de 1912. VA 166 3 Ao longo de Sua infância e juventude, manifestou Ele a perfeição de caráter que marcou Sua vida posterior. Cresceu em sabedoria e conhecimento. Enquanto testemunhava as ofertas sacrificais, o Espírito Santo mostrou-Lhe que Sua vida seria sacrificada para a vida do mundo. Cresceu como uma tenra planta, não em grande e ruidosa cidade, cheia de confusão e problemas, mas nos retirados vales entre montanhas. Desde os primeiros anos foi protegido por anjos celestes, mas ainda assim foi Sua vida uma longa batalha contra os poderes das trevas. Agentes satânicos combinaram-se com instrumentos humanos para encher Sua vida de tentações e provas. Por intermédio de agentes sobrenaturais, Suas palavras, que eram vida e salvação para todos os que as recebiam e praticavam, foram pervertidas e mal-interpretadas. -- The Signs of the Times, 6 de Agosto de 1896. VA 167 1 Por Seu exemplo Jesus santificou a humilde senda da vida humana. Durante trinta anos foi habitante de Nazaré. Sua vida foi marcada por diligente trabalho. Ele, a Majestade do Céu, andou pelas ruas revestido da aparência de um humilde trabalhador. Subiu e desceu os caminhos das montanhas para ir e vir de seu trabalho. Não foram enviados anjos para outorgar-Lhe forças sobrenaturais, que Lhe facilitassem o trabalho ou evitassem o cansaço. Entretanto, ao prosseguir em Seus esforços para contribuir com o sustento da família através das lides diárias, possuía Ele o mesmo poder revelado na realização do milagre da multiplicação dos pães para saciar a fome de milhares, nas praias da Galiléia. -- The Review and Herald, 1 de Outubro de 1876. ------------------------Capítulo 14 -- Os anjos durante o batismo de Cristo e no deserto da tentação O batismo de Cristo VA 168 1 Quando Jesus foi para ser batizado, João nEle reconheceu pureza de caráter que nunca divisara em homem algum. ... Ao pedir Jesus o batismo, João recusou, exclamando: "Eu careço de ser batizado por Ti, e vens Tu a mim?" Mateus 3:14. Com firme, se bem que branda autoridade, Jesus respondeu: "Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça." Mateus 3:15. E João, cedendo, desceu com o Salvador ao Jordão, sepultando-O nas águas. "E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre Ele." Mateus 3:16. -- O Desejado de Todas as Nações, 110, 111. VA 168 2 Anjos celestiais olhavam com interesse para as cenas do batismo do Salvador. Pudessem ser abertos os olhos dos que assistiam o evento, teriam eles visto o exército celestial circundando o Filho de Deus quando Este desceu as barrancas do Jordão. -- The Youth's Instructor, 23 de Junho de 1892. VA 169 1 O olhar do Salvador parece penetrar o Céu, ao derramar a alma em oração. Bem sabe como o pecado endureceu o coração dos homens, e como lhes será difícil discernir Sua missão, e aceitar o dom da salvação eterna. Suplica ao Pai poder para vencer a incredulidade deles, quebrar as cadeias com que Satanás os escravizou, a derrotar, em seu benefício, o destruidor. Pede o testemunho de que Deus aceite a humanidade na pessoa de Seu Filho. VA 169 2 Nunca antes haviam os anjos ouvido tal oração. Anseiam trazer a Seu amado Capitão uma mensagem de certeza e conforto. Mas não; o próprio Pai responderá à petição do Filho. Diretamente do trono são enviados os raios de Sua glória. Abrem-se os céus, e sobre a cabeça do Salvador desce a forma de uma pomba da mais pura luz -- fiel emblema dEle, o Manso e Humilde. ... VA 169 3 O povo ficou silencioso, a contemplar a Cristo. Seu vulto achava-se banhado pela luz que circunda sem cessar o trono de Deus. Seu rosto erguido estava glorificado como nunca antes tinham visto um rosto de homem. Dos céus abertos, ouviu-se uma voz, dizendo: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mateus 3:17. -- O Desejado de Todas as Nações, 111, 112. VA 169 4 O Senhor havia prometido conceder a João um sinal através do qual ele saberia da chegada do Messias, e agora, ao Jesus subir das águas, foi-lhe concedido o prometido sinal. Ele viu os Céus se abrirem e o Espírito de Deus, na semelhança de uma pomba de ouro polido, sobrevoar a cabeça de Cristo, enquanto uma voz provinha do Céu, dizendo: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mateus 3:17. -- The Youth's Instructor, 23 de Junho de 1892. VA 170 1 Dentre a multidão à beira do Jordão, poucos, além de João, divisaram essa visão celeste. -- O Desejado de Todas as Nações, 112. VA 170 2 Quando do batismo de Cristo, Satanás achava-se entre os espectadores. Viu a glória do Pai cobrir o Filho. Ouviu a voz de Jeová testificando da divindade de Jesus. Desde o pecado de Adão, estivera a raça humana cortada da direta comunhão com Deus; a comunicação entre o Céu e a Terra fizera-se por meio de Cristo; mas agora, que Jesus viera "em semelhança da carne do pecado" (Romanos 8:3), o próprio Pai falou. Antes, comunicara-Se com a humanidade por intermédio de Cristo; fazia-o agora em Cristo. Satanás esperara que, devido ao aborrecimento de Deus pelo pecado, se daria eterna separação entre o Céu e a Terra. Era, no entanto, agora manifesto que a ligação entre Deus e o homem fora restaurada. -- O Desejado de Todas as Nações, 116. VA 170 3 Satanás conseguia discernir, por detrás da humanidade [de Cristo] a glória e pureza dAquele com quem estivera associado nas cortes celestiais. Isto fez surgir diante do tentador um quadro daquilo que ele próprio fora, um querubim cobridor cheio de beleza e santidade. -- Bible Echo and Signs of the Times, 23 de Julho de 1900. A tríplice tentação de Jesus no deserto VA 170 4 Satanás havia declarado aos seus anjos que haveria de vencer a Cristo na questão do apetite. Esperava obter a vitória sobre Ele em Sua fraqueza. -- The Signs of the Times, 4 de Abril de 1900. VA 171 1 Satanás viu que, ou venceria, ou seria vencido. Os resultados do conflito envolviam demasiado para ser ele confiado aos anjos confederados. Ele próprio devia dirigir em pessoa o conflito. -- O Desejado de Todas as Nações, 116. VA 171 2 Enquanto no deserto, Cristo jejuou, mas não sentiu fome. ... Gastou o tempo em oração fervorosa, estando em plena comunhão com Deus. Era como se estivesse na presença do Pai. ... O pensamento da batalha que tinha diante de Si, fazia-O esquecer-Se de tudo o mais, e Sua alma era alimentada pelo Pão da Vida. ... Contemplou o quebrar-se do poder de Satanás sobre a vida de caídos e tentados. Viu a Si próprio curando os enfermos, confortando os desesperados, animando os angustiados e pregando o evangelho aos pobres -- fazendo, enfim, a obra que Deus esboçara para Ele. E assim não percebeu qualquer sensação de fome até o final dos quarenta dias de jejum. VA 171 3 A visão dissipou-se, e então, com forte intensidade, a natureza humana de Cristo desejou alimento. Apresentara-se agora a oportunidade para o assalto de Satanás. Resolveu ele apresentar-se como se fosse um dos anjos de luz que havia aparecido a Cristo em visão. -- Manuscript Releases 21:8, 9. VA 171 4 Repentinamente aparece um anjo diante de Cristo -- aparentemente um dos anjos que Ele vira havia pouco. ... As palavras celestiais: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo" (Mateus 3:17), soavam ainda nos ouvidos de Satanás. Ele determinou-se a fazer Cristo descrer desse testemunho. -- Manuscript Releases 21:9. VA 171 5 Satanás apareceu a Cristo... como um formoso anjo do Céu, pretendendo haver sido comissionado por Deus para declarar que o jejum chegara ao fim. -- The Review and Herald, 14 de Janeiro de 1909. VA 172 1 [Satanás] disse ao Redentor que não mais Lhe era necessário jejuar, que Sua longa abstinência fora aceita pelo Pai, que Ele já fora suficientemente longe, e que agora estava em liberdade para realizar um milagre em Seu próprio favor. -- The Signs of the Times, 29 de Julho de 1889. VA 172 2 Crendo que o caráter angélico que assumira não havia sido detectado, Satanás preparou-se para levar Cristo a duvidar de Sua divindade. -- The Spirit of Prophecy 2:91. A primeira tentação VA 172 3 Satanás raciocinou com Cristo da seguinte maneira: Se as palavras proferidas após Seu batismo eram verdadeiramente as palavras de Deus, se Ele era o Filho de Deus, não precisava Ele suportar a sensação de fome; poderia dar provas de Sua divindade demonstrando Seu poder em transformar as pedras do desnudo deserto em pães. -- Redemption or the First Advent of Christ With His Life and Ministry, 48. VA 172 4 Satanás disse a Cristo que Ele apenas precisava colocar os pés na trilha manchada de sangue, mas não necessitava transitar por ela. Assim como ocorrera com Abraão, Ele fora provado para demonstrar Sua fiel obediência. Declarou também que um anjo detivera a mão de Abraão quando já prestes a desferir o cutelo e matar Isaque, e que agora ele fora enviado para salvar a vida [de Cristo]; que não Lhe era necessário suportar a dolorosa fome e mesmo a morte por inanição; ele havia vindo para ajudar Cristo, desempenhando uma parte no plano da salvação. -- The Review and Herald, 4 de Agosto de 1874. VA 173 1 [Satanás] chamou a atenção de Cristo para a sua própria aparência atraente, vestido de luz e forte em poder. Pretendeu ser um mensageiro vindo diretamente do trono do Céu, e afirmou que tinha o direito de exigir de Cristo evidências de ser Ele o Filho de Deus. -- The Review and Herald, 4 de Agosto de 1874. VA 173 2 Foi pelas palavras... [de Satanás], e não por sua aparência, que Cristo reconheceu ser ele o inimigo. -- The Review and Herald, 22 de Julho de 1909. VA 173 3 Ao assumir a natureza do homem, Cristo não manteve aparência semelhante à dos anjos do Céu, mas esta era uma das humilhações pelas quais necessitava passar quando voluntariamente aceitou tornar-Se o Redentor do homem. Satanás insistiu em que Ele, se realmente era o Filho de Deus, deveria prover alguma evidência de Seu exaltado caráter. Sugeriu que Deus não permitiria a Seu Filho cair em tão deplorável situação. Declarou que um dos anjos fora expulso do Céu e enviado à Terra, e que a aparência de Cristo indicava que Ele era o tal anjo caído, e não o Rei dos Céus. Chamou a atenção para a sua própria fulgurante aparência, vestido de luz e poder, e insultuosamente contrastou o deplorável estado de Cristo com a sua própria glória. -- The Spirit of Prophecy 2:91. A segunda tentação VA 173 4 "Então o diabo O transportou à cidade santa, e colocou-O sobre o pináculo do templo, e disse-Lhe: Se Tu és o Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo; porque está escrito: Aos Seus anjos dará ordens a Teu respeito, e tomar-Te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra." Mateus 4:5, 6. -- O Desejado de Todas as Nações, 124. VA 174 1 Para demonstrar sua força, Satanás levou Jesus a Jerusalém e O colocou no pináculo do templo. -- Spiritual Gifts 1:32. VA 174 2 [Satanás] exigiu novamente de Cristo, como prova de ser o Filho de Deus, que o demonstrasse lançando-Se da impressionante altura em que O havia colocado. Insistiu em que Cristo revelasse Sua confiança no preservador cuidado do Pai ao lançar-Se do templo. Na primeira tentação, envolvendo a questão do apetite, Satanás tentara insinuar dúvidas quanto ao amor e cuidado de Deus por Seu Filho. Apresentou o ambiente ao redor e a fome de Cristo como evidências de que não Se achava sob o favor divino. Não foi bem-sucedido naquela tentativa. Agora tentou obter vantagem da perfeita fé e confiança que Jesus demonstrara em relação ao Pai, levando-O a apelar à presunção: "Se Tu és o Filho de Deus, lança-Te daqui abaixo; porque está escrito: Aos Seus anjos dará ordens a Teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra." Mateus 4:6. -- The Review and Herald, 18 de Agosto de 1874. VA 174 3 O próprio astuto inimigo apresenta palavras procedentes da boca de Deus. Parece ainda um anjo de luz, e mostra claramente estar familiarizado com as Escrituras, entendendo a significação do que está escrito. Como Jesus usara anteriormente a Palavra de Deus para apoiar Sua fé, o tentador agora a emprega para dar força a seu engano. Pretende ter estado apenas provando a fidelidade de Jesus, louvando-Lhe agora a firmeza. Como o Salvador manifestou confiança em Deus, Satanás insiste com Ele para que dê outro testemunho de Sua fé. VA 175 1 Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: "Se Tu és o Filho de Deus." Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao "se"; absteve-Se, porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás uma prova. -- O Desejado de Todas as Nações, 124. VA 175 2 Quando Satanás citou a promessa: "Aos Seus anjos dará ordens a Teu respeito" (Mateus 4:6), omitiu as palavras: "Para Te guardarem em todos os Teus caminhos" (Salmos 91:11), isto é, os caminhos escolhidos por Deus. Jesus recusou afastar-Se do caminho da obediência. Embora manifestando perfeita confiança no Pai, não Se colocaria numa posição em que o Pai fosse obrigado a interpor-Se para salvá-Lo da morte. Não forçaria a Providência a vir em Seu resgate, pois fracassaria assim em oferecer ao homem um perfeito exemplo de confiança e submissão. -- The Signs of the Times, 10 de Dezembro de 1902. VA 175 3 Houvesse Cristo Se atirado do pináculo do templo, não teria glorificado o Pai; ninguém haveria presenciado Sua ação, exceto Satanás e os anjos de Deus. Haveria levado o Senhor a revelar Seu poder diante do mais acérrimo inimigo. Haveria sido uma condescendência para com aquele a quem Jesus viera derrotar. -- Spiritual Gifts 1:33. A terceira tentação VA 175 4 Jesus saiu vitorioso da segunda tentação, e então Satanás se manifesta em seu verdadeiro caráter. Não se apresenta, todavia, como aquele horrível monstro de pés de cabra e asas de morcego. Embora decaído, é um poderoso anjo. Declara-se o líder da rebelião, e o deus deste mundo. VA 176 1 Colocando Jesus sobre uma alta montanha, fez com que todos os reinos do mundo, em toda a sua glória, passassem, em vista panorâmica, diante dEle. -- O Desejado de Todas as Nações, 129. VA 176 2 Nas duas primeiras tentações, Satanás havia encoberto seu verdadeiro caráter e propósito, declarando ser um exaltado mensageiro enviado pelas cortes celestiais. Agora, porém, lança fora todo disfarce e se apresenta como o Príncipe das Trevas, requerendo a Terra como seu domínio. -- The Spirit of Prophecy 2:95. VA 176 3 O grande enganador tentou cegar os olhos de Cristo com o brilho e resplendor do mundo, apresentando diante dEle os reinos deste mundo e sua glória. Aquele que caíra do Céu retratou este mundo como possuindo o resplendor do reino celestial, de modo a induzir Cristo a aceitar o suborno, prostrar-Se diante dele e o adorar. -- The Signs of the Times, 28 de Março de 1895. VA 176 4 A luz do Sol projeta-se sobre cidades cheias de templos, palácios de mármore, campos férteis e vinhas carregadas de frutos. Os vestígios do mal estavam ocultos. Os olhos de Jesus, cercados ultimamente de tanta tristeza e desolação, contemplam agora uma cena de inexcedível beleza e prosperidade. Ouve então a voz do tentador: "Dar-Te-ei a Ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se Tu me adorares, tudo será Teu." Lucas 4:6, 7. ... VA 177 1 Ora, o tentador oferecia entregar-Lhe o poder que usurpara. Cristo poderia livrar-Se do terrível futuro mediante o reconhecimento da supremacia de Satanás. Fazer isso, porém, era renunciar à vitória no grande conflito. -- O Desejado de Todas as Nações, 129. VA 177 2 Chamando-o por seu verdadeiro nome, Jesus repreendeu o tentador. A divindade irradiou através da humanidade sofredora, e por Sua palavra Ele manifestou a autoridade do Céu. Revelou ao enganador que, embora este se houvesse revestido da luz de um anjo, seu verdadeiro caráter não podia ser oculto ao Salvador do mundo. Chamou-o Satanás, o anjo das trevas, aquele que deixara seu primeiro estado e se recusara a manter-se fiel a Deus. -- The Signs of the Times, 28 de Março de 1895. VA 177 3 Satanás deixou o campo de batalha como inimigo vencido, terminantemente mandado embora. Às palavras de Cristo, "Vai-te, Satanás" (Lucas 4:8), o poderoso anjo caído não teve escolha, senão obedecer. Anjos excelentes em poder achavam-se no campo de batalha para proteger a alma tentada, prontos para resistir ao inimigo. -- The Review and Herald, 24 de Abril de 1894. Anjos do céu presenciaram as tentações de Cristo VA 177 4 Aparentemente Cristo Se achava sozinho com Satanás no deserto da tentação. Contudo não era assim, pois os anjos estavam à Sua volta exatamente do modo como são comissionados por Deus para ministrar em favor dos que se encontram sob os temíveis assaltos do inimigo. -- Manuscript Releases 16:180. VA 178 1 Todo o Céu presenciou o conflito entre o Príncipe da luz e o príncipe das trevas. Anjos estavam prontos a interpor-se em favor de Cristo, caso Satanás houvesse transposto os limites estabelecidos. -- Bible Echo and Signs of the Times, 3 de Setembro de 1900. VA 178 2 Essas foram tentações reais, não aparentes. Cristo "sendo tentado, padeceu". Hebreus 2:18. Anjos do Céu se achavam na cena naquela ocasião, e mantiveram erguido o estandarte, para que Satanás não ultrapassasse seus limites e sobrepujasse a natureza humana de Cristo. -- Mensagens Escolhidas 1:94, 95. VA 178 3 O tremendo esforço deixara Cristo como morto. "Eis que chegaram os anjos e O serviram." Mateus 4:11. Seus braços O ampararam. Sobre o peito do mais exaltado anjo do Céu repousou Ele a cabeça. ... O inimigo fora vencido. -- Bible Echo and Signs of the Times, 3 de Setembro de 1900. VA 178 4 Depois que Satanás terminara suas tentações, afastara-se de Jesus por algum tempo, e os anjos Lhe prepararam alimento no deserto. -- Primeiros Escritos, 158. Após a terceira tentação VA 178 5 Depois de haver fracassado em seu desígnio de vencer a Cristo no deserto, arregimentara Satanás suas forças para se Lhe opor ao ministério, obstando, se possível Sua obra. Aquilo que não conseguira realizar por esforço pessoal, direto, decidira efetuar por meio de estratégia. Tão depressa se retirara do conflito no deserto, em concílio com os anjos seus confederados amadureceu os planos para cegar ainda mais o espírito do povo judeu, a fim de não reconhecerem seu Redentor. Planejou operar por meio de seus agentes humanos do mundo religioso, imbuindo-os de sua própria inimizade contra o Campeão da verdade. Levá-los-ia a rejeitar a Cristo e a tornar-Lhe a vida o mais amarga possível, esperando desanimá-Lo em Sua missão. -- O Desejado de Todas as Nações, 205, 206. ------------------------Capítulo 15 -- Anjos bons e maus durante o ministério de Cristo Possessão demoníaca nos dias de Cristo VA 180 1 O período do ministério pessoal de Cristo entre os homens foi o tempo de maior atividade das forças do reino das trevas. Durante séculos, Satanás e seus anjos haviam estado procurando controlar o corpo e a alma dos homens, para trazer sobre eles pecados e sofrimentos. -- O Desejado de Todas as Nações, 257. VA 180 2 O engano do pecado atingira seu apogeu [na época em que Cristo começou Seu ministério]. Todos os meios para depravar a alma dos homens haviam sido postos em operação. ... Agentes satânicos estavam incorporados com os homens. O corpo de criaturas humanas, feito para habitação de Deus, tornara-se morada de demônios. Os sentidos, os nervos, as paixões, os órgãos dos homens eram por agentes sobrenaturais levados a condescender com a concupiscência mais vil. O próprio selo dos demônios se achava impresso na fisionomia dos homens. Esta refletia a expressão das legiões do mal de que se achavam possessos. ... VA 180 3 Satanás rejubilava por haver conseguido rebaixar a imagem de Deus na humanidade. Então veio Cristo, a fim de restaurar no homem a imagem de seu Criador. ... Veio para expelir os demônios que haviam dominado a vontade. Veio para nos erguer do pó, reformar o caráter manchado, segundo o modelo de Seu divino caráter, embelezando-o com Sua própria glória. -- O Desejado de Todas as Nações, 36-38. VA 181 1 O Novo Testamento declara enfaticamente que os homens eram possuídos por demônios. As pessoas assim afetadas não eram meramente portadoras de doenças provenientes de causas naturais. Cristo possuía perfeita compreensão dos fatos com os quais estava lidando, e assim reconheceu a direta presença e operação dos espíritos maus. -- The Spirit of Prophecy 4:332. VA 181 2 Satanás e seus anjos estiveram muito ocupados durante o ministério de Cristo, inspirando os homens com descrença, ódio e desprezo. -- Spiritual Gifts 1:36. Rejeição em Nazaré VA 181 3 Durante a infância e a juventude, Jesus adorara entre Seus irmãos, na sinagoga de Nazaré. Desde o início de Seu ministério, estivera ausente deles, mas não ignoravam o que Lhe acontecia. Ao aparecer novamente em seu meio, o interesse e expectação deles subiu ao mais alto grau. ... VA 181 4 Quando um rabi se achava presente na sinagoga, esperava-se que dirigisse o sermão, e qualquer israelita podia fazer a leitura dos profetas. Nesse sábado, Jesus foi convidado a tomar parte no serviço. "Levantou-Se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías." Lucas 4:16, 17. ... VA 182 1 Jesus Se colocou diante do povo como vivo expositor das profecias concernentes a Si próprio. Explicando as palavras que lera, falou do Messias, como de um libertador dos oprimidos e dos cativos, médico dos aflitos, restaurador de vista aos cegos e revelador da luz da verdade ao mundo. ... Sendo seu coração movido pelo Espírito Santo, respondiam com fervorosos améns e louvores ao Senhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 236, 237. VA 182 2 Diante das palavras de Cristo, o Espírito operou tão poderosamente que o coração de todos na sinagoga respondeu às palavras graciosamente proferidas por Seus lábios. Produziu-se uma mudança naquele grupo. Enquanto a divindade de Cristo irradiou através da humanidade, o discernimento espiritual dos ouvintes foi reavivado. Nova capacidade de compreensão lhes sobreveio, assim como a quase irresistível convicção de que Jesus era o Filho de Deus. Entretanto, Satanás estava ali para despertar dúvidas, descrença e orgulho. -- The Signs of the Times, 14 de Setembro de 1882. VA 182 3 Quando Jesus anunciou: "Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos" (Lucas 4:21), foram de repente levados a pensar em si mesmos, e nas declarações dAquele que lhes dirigia a Palavra. -- O Desejado de Todas as Nações, 237. VA 182 4 Quem é esse Jesus? indagaram. Aquele que invocara para Si a glória do Messias, era o filho de um carpinteiro e trabalhara no ofício com José, Seu pai. ... Conquanto Sua vida houvesse sido sem mancha, não queriam crer que fosse o Prometido. ... VA 183 1 Ao abrirem a porta à dúvida, o coração endureceu-se-lhes tanto mais quanto se havia por momentos abrandado. Satanás decidira que os olhos cegos não se abririam naquele dia, nem almas cativas seriam postas em liberdade. Com intensa energia, operou para os confirmar na incredulidade. ... VA 183 2 As palavras de Jesus a Seus ouvintes na sinagoga foram um golpe na raiz de sua justiça própria, impressionando-os com a atroz verdade de que se haviam separado de Deus, e perdido o direito de ser Seu povo. ... Zombavam agora da fé que, a princípio, Jesus lhes inspirara. Não admitiriam que Aquele que surgira da pobreza e da humildade fosse mais que um homem comum. -- O Desejado de Todas as Nações, 237-239. VA 183 3 Anjos de luz achavam-se naquela assembléia, observando com intenso interesse a decisão que tomariam. Anjos de Satanás igualmente estavam no local para sugerir dúvidas e despertar preconceitos. ... VA 183 4 Da incredulidade procedeu a malícia. Que um homem de baixa estirpe e nascido em pobreza viesse agora reprová-los, foi algo que encheu o coração dos nazarenos de um ódio que beirava a loucura. A assembléia irrompeu em confusão. As pessoas lançaram mão de Jesus, empurrando-O para fora da sinagoga e da cidade. -- The Signs of the Times, 16 de Junho de 1887. VA 183 5 Todos pareciam prontos a destruí-Lo. Levaram-nO até à beira de um precipício, intentando lançá-Lo dali para baixo. Gritos de maldição enchiam o ar. Alguns Lhe atiravam pedras e pó. Repentinamente, porém, Ele desapareceu do meio deles, sem que soubessem como, ou quando. Anjos de Deus assistiram a Jesus em meio à enfurecida multidão e Lhe preservaram a vida. Os mensageiros celestiais haviam estado a Seu lado na sinagoga, enquanto Ele falava, e O acompanharam enquanto era empurrado e maltratado pelos descrentes e enfurecidos judeus. Esses anjos cegaram os olhos da turba enlouquecida e conduziram Jesus a um lugar seguro. -- The Spirit of Prophecy 2:114, 115. O endemoninhado na sinagoga de Cafarnaum VA 184 1 Falava Jesus na sinagoga acerca do reino que viera estabelecer, e de Sua missão de libertar os cativos de Satanás. Foi interrompido por um agudo grito de terror. Um louco precipitou-se dentre o povo para a frente, exclamando: "Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus." Lucas 4:34. VA 184 2 Tudo era agora confusão e alarme. A atenção do povo se desviou de Cristo, e Suas palavras não foram escutadas. Tal era o desígnio de Satanás em levar a vítima à sinagoga. Mas Jesus repreendeu o demônio, dizendo: "Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal." Lucas 4:35. VA 184 3 O espírito desse mísero sofredor fora entenebrecido por Satanás, mas, em presença do Salvador, um raio de luz lhe penetrara as trevas. Foi despertado, e ansiou a libertação do domínio do maligno; mas o demônio resistia ao poder de Cristo. Quando o homem tentou apelar para Cristo em busca de auxílio, o espírito mau pôs-lhe nos lábios as palavras, e ele gritou em angústia de temor. O possesso compreendia em parte achar-se em presença de Alguém que o podia libertar; mas, ao tentar chegar ao alcance daquela poderosa mão, outra vontade o segurou; outras palavras encontraram expressão por meio dele. Terrível era o conflito entre o poder de Satanás e seu desejo de libertação. -- O Desejado de Todas as Nações, 255. VA 185 1 Aquele que conquistara o arquiinimigo no deserto, arrebatou esse pobre cativo das garras de Satanás. Jesus bem sabia que, embora assumindo outra forma, o demônio era o mesmo espírito mau que antes O havia tentado no deserto. -- The Spirit of Prophecy 2:180. VA 185 2 O demônio exercia todo o poder para reter o domínio sobre a vítima. Perder terreno aqui, seria dar a Jesus uma vitória. Dir-se-ia que o torturado homem devesse perder a vida na luta com o inimigo que fora a ruína de seu vigor varonil. Mas o Salvador falou com autoridade, e libertou o cativo. O homem que estivera possesso, ali se achava perante o povo admirado, feliz na liberdade da posse de si mesmo. ... Os olhos que havia pouco tanto tinham chispado sob a chama da loucura, brilhavam agora de inteligência, e inundavam-se de lágrimas de gratidão. -- O Desejado de Todas as Nações, 256. A cura do servo do centurião VA 185 3 O centurião viu pelos olhos da fé que os anjos de Deus estavam todos à volta de Jesus, e que Sua palavra poderia comissionar um anjo a aproximar-se do sofredor. Sabia que Sua palavra entraria no quarto e que seu servo seria curado. -- The Review and Herald, 11 de Março de 1890. Os endemoninhados de Gadara VA 186 1 De manhã cedo o Salvador e Seus companheiros chegaram à praia. ... De um lugar oculto, entre os sepulcros, dois loucos avançaram sobre eles, como se os quisessem despedaçar. Pendiam-lhes pedaços de cadeias que haviam partido para fugir à prisão. Tinham a carne dilacerada e sangrando nos lugares em que se haviam ferido com pedras agudas. Brilhavam-lhes os olhos por entre os longos e emaranhados cabelos; como que se apagara neles a própria semelhança humana, pela presença dos demônios que os possuíam, parecendo mais feras que criaturas humanas. VA 186 2 Os discípulos e seus companheiros fugiram aterrorizados; notaram, porém, depois, que Jesus não Se achava com eles, e voltaram em Sua procura. Encontrava-Se onde O tinham deixado. Aquele que acalmara a tempestade, que enfrentara anteriormente a Satanás, vencendo-o, não fugiu em presença desses demônios. Quando os homens, rangendo os dentes e espumando, dEle se aproximaram, Jesus ergueu a mão que acenara às ondas impondo silêncio, e os homens não se puderam aproximar mais. Continuaram furiosos, mas impotentes diante dEle. VA 186 3 Ordenou com autoridade aos espíritos imundos que saíssem deles. Suas palavras penetraram no espírito entenebrecido dos desventurados. Percebiam, fracamente, estar ali Alguém capaz de salvá-los dos demônios atormentadores. Caíram aos pés do Salvador para O adorar; mas, ao abrirem-se-lhes os lábios para suplicar-Lhe a misericórdia, os demônios falaram por eles, gritando fortemente: "Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-Te que não me atormentes." Lucas 8:28. ... VA 187 1 Sobre uma montanha, não muito distante, pastava grande manada de porcos. Os demônios pediram que se lhes permitisse entrar nos mesmos, e Jesus o consentiu. Da manada subitamente se apoderou o pânico. Precipitaram-se loucamente penhasco abaixo e, incapazes de se deter ao chegar à praia, imergiram no mar, ali perecendo. VA 187 2 Enquanto isso, maravilhosa mudança se operara nos possessos. Fizera-se-lhes luz no cérebro. Brilharam-lhes os olhos de inteligência. A fisionomia, por tanto tempo mudada à semelhança de Satanás, tornara-se repentinamente branda, tranqüilas as ensangüentadas mãos, e louvaram alegremente a Deus por sua libertação. ... Agora, esses homens achavam-se vestidos e em perfeito juízo, sentados junto de Jesus, ouvindo-Lhe as palavras e glorificando o nome dAquele que os curara. -- O Desejado de Todas as Nações, 336-338. A cura do rapaz endemoninhado VA 187 3 O menino foi levado e, quando os olhos do Salvador pousaram sobre ele, o mau espírito lançou-o por terra em convulsões de agonia. Ali estava no chão a revolver-se e espumar, soltando guinchos que não pareciam humanos. VA 187 4 Novamente se defrontaram, no campo de batalha, o Príncipe da vida e o príncipe dos poderes das trevas. ... Anjos de luz e exércitos de anjos maus, invisíveis, comprimiam-se para presenciar o conflito. Por um momento, Jesus permitiu ao mau espírito que ostentasse seu poder para que os espectadores pudessem compreender a libertação prestes a operar-se. ... VA 187 5 Jesus volta-Se para o sofredor, e diz: "Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele." Marcos 9:25. Ouve-se um grito, há uma angustiosa luta. O demônio, ao sair, parece a ponto de arrebatar a vida a sua vítima. Então o rapaz fica imóvel, e aparentemente sem vida. A multidão murmura: "Está morto." Marcos 9:26. Mas Jesus o toma pela mão e, erguendo-o, apresenta-o ao pai, perfeitamente são de espírito e de corpo. Pai e filho louvam o nome de seu Libertador. -- O Desejado de Todas as Nações, 428, 429. Jesus é acusado de possessão demoníaca VA 188 1 Jesus declarou-Se como o verdadeiro Pastor pelo fato de dar a vida por Suas ovelhas. ... Cristo falou estas palavras diante de grande multidão, e uma impressão profunda foi produzida no coração de muitos que ouviam. Os escribas e fariseus enchiam-se de inveja porque Ele era tratado favoravelmente por muitos. ... Ao mesmo tempo em que Ele Se apresentou como o Bom Pastor, os fariseus disseram: "Ele tem demônio, e enlouqueceu; por que O ouvis?" João 10:20. Outros, porém, distinguiram a voz do Bom Pastor, e disseram: VA 188 2 "Estas palavras não são de endemoninhado; pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos? E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno. E Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão. Rodearam-nO, pois, os judeus e disseram-Lhe: Até quando terás a nossa alma suspensa? Se Tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente. Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que Eu faço em nome de Meu Pai, essas testificam de Mim. Eu e o Pai somos um." João 10:21-25, 30. VA 189 1 Os judeus compreenderam o significado daquilo que Ele afirmara... e agarraram pedras para atirar-Lhe. Jesus olhou-os calma e firmemente, dizendo: "Tenho-vos mostrado muitas boas obras procedentes de Meu Pai; por qual dessas obras Me apedrejais?" João 10:32. VA 189 2 A Majestade do Céu permaneceu calma e tranqüila, como Deus diante de Seus adversários. Seus semblantes carregados e mãos cheias de pedras não O intimidaram. Ele sabia que forças invisíveis, legiões de anjos, estavam à Sua volta, e a uma só palavra de Seus lábios eles poriam por terra a multidão, ousassem aqueles atirar-Lhe uma só pedra. -- The Signs of the Times, 27 de Novembro de 1893. VA 189 3 Embora Jesus oferecesse evidências de Seu divino poder, não Lhe foi permitido apresentar Suas lições sem interrupção. Os líderes procuravam sempre colocá-Lo em posição de ridículo diante do povo. Não Lhe permitiam apresentar Suas idéias e doutrinas de modo ordenado; contudo, a despeito das freqüentes interrupções, a luz brilhava na mente de centenas, e quando os dirigentes ouviram as palavras de Jesus, revestidas de poder a ponto de manterem a multidão em suspenso, sentiram-se irados e disseram: "És samaritano e tens demônio?" João 8:48. Jesus enfrentou tais acusações com calma dignidade, destemida e decididamente afirmando que os direitos do concerto se centralizavam nEle, e que não haviam sido recebidos através de Abraão. Declarou: "Antes que Abraão existisse, Eu sou." João 8:58. A fúria dos judeus não reconheceu limites e eles se prepararam para apedrejá-Lo, mas os anjos de Deus, invisíveis aos homens, O conduziram para fora da assembléia. -- The Signs of the Times, 26 de Maio de 1890. Anjos malignos sob forma humana entre os ouvintes de Jesus VA 190 1 Misturando-se com os ouvintes [de Jesus], achavam-se anjos sob a forma de homens, fazendo suas sugestões, criticando, interpretando erroneamente e representando falsamente as palavras do Salvador. -- The Review and Herald, 11 de Agosto de 1903. VA 190 2 Ele [Cristo] foi o Instrutor nas assembléias desses anjos antes que caíssem de sua elevada posição. -- Mensagens Escolhidas 3:410. A ressurreição de Lázaro VA 190 3 Cristo podia ter ordenado à pedra que se deslocasse por si mesma, e ela Lhe teria obedecido à voz. Poderia ter mandado aos anjos que se Lhe achavam ao lado, que fizessem isso. Ao Seu mando, mãos invisíveis teriam removido a pedra. Mas ela devia ser retirada por mãos humanas. Assim queria Cristo mostrar que a humanidade tem de cooperar com a divindade. O que o poder humano pode fazer, o divino não é solicitado a realizar. -- O Desejado de Todas as Nações, 535. Jesus perseguido de cidade em cidade durante seu ministério VA 190 4 Jesus foi perseguido de cidade em cidade durante Seu ministério. Sacerdotes e dirigentes estavam em Seu encalço. Interpretavam mal Sua missão e trabalho. Veio para os Seus, e os Seus não O receberam. Anjos vigiavam o conflito a cada passo. Observavam o espírito e obra do inimigo. Olhavam surpresos aos ardis lançados por Satanás contra o divino Filho de Deus. Viram que aquele que fora inferior apenas ao próprio Cristo em poder e glória, caíra a nível tão baixo a ponto de influenciar os homens a perseguirem a Jesus de cidade em cidade. -- The Signs of the Times, 25 de Novembro de 1889. VA 191 1 Vez após outra Jesus poderia ter sido morto, não fora a presença dos anjos celestiais a assisti-Lo e a proteger Sua vida até o tempo em que o caso dos judeus como nação fosse decidido. -- The Review and Herald, 12 de Outubro de 1897. ------------------------Capítulo 16 -- Os anjos durante a paixão e morte de Cristo Jesus e os discípulos vão ao Getsêmani VA 192 1 Em companhia dos discípulos, fez o Salvador vagarosamente o caminho para o jardim de Getsêmani. A lua pascoal, clara e cheia, brilhava num céu sem nuvens. ... Ao aproximarem-se do jardim, os discípulos notaram a mudança que se operara em seu Mestre. Nunca antes O tinham visto tão indizivelmente triste e silencioso. À medida que avançava, mais se aprofundava essa estranha tristeza. ... VA 192 2 Próximo à entrada do horto, Jesus deixou todos os discípulos, com exceção de três, pedindo-lhes que orassem por si mesmos e por Ele. Em companhia de Pedro, Tiago e João, penetrou nos mais retirados recessos do mesmo horto. ... VA 192 3 "Ficai aqui", disse-lhes, "e vigiai comigo." Mateus 26:38. VA 192 4 Foi a uma pequena distância deles... e caiu prostrado por terra. Sentia que, pelo pecado, estava sendo separado do Pai. O abismo era tão largo, tão negro, tão profundo, que Seu espírito tremeu diante dele. ... VA 192 5 Ao sentir Cristo interrompida Sua unidade com o Pai, temia que, em Sua natureza humana, não fosse capaz de resistir ao vindouro conflito com os poderes das trevas. No deserto da tentação, estivera em jogo o destino da raça humana. Cristo saíra então vitorioso. Agora viera o tentador para a última e tremenda luta. Para isso se preparara ele durante os três anos de ministério de Cristo. Tudo estava em jogo para ele. Falhasse aqui, e estava perdida sua esperança de domínio; os reinos do mundo tornar-se-iam afinal possessão de Cristo; ele próprio seria derrotado e expulso. Mas se Cristo pudesse ser vencido, a Terra se tornaria para sempre o reino de Satanás, e a raça humana estaria perpetuamente em seu poder. Com os resultados do conflito perante Si, a alma de Cristo Se encheu de terror pela separação de Deus. Satanás dizia-Lhe que, se Se tornasse o penhor de um mundo pecaminoso, seria eterna a separação. ... VA 193 1 Satanás apertava o Redentor, apresentando a situação justamente em seus piores aspectos: "A nação que pretende achar-se acima de todas as outras quanto às vantagens temporais e espirituais, rejeitou-Te. ... Um de Teus próprios discípulos... trair-Te-á. Um de Teus mais zelosos seguidores Te há de negar. Todos Te abandonarão." ... VA 193 2 Em Sua agonia, apega-Se ao solo frio, como a impedir de ser levado para longe de Deus. ... De Seus pálidos lábios irrompe o amargo brado: "Meu Pai, se possível, passe de Mim este cálice!" Mas mesmo então acrescenta: "Todavia, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres." Mateus 26:39. -- O Desejado de Todas as Nações, 685-687. Anjos no Getsêmani VA 193 3 O universo celestial havia observado com intenso interesse toda a vida de Cristo -- cada passo, desde a manjedoura até a presente cena assombrosa. E que cena era essa para milhares e dezenas de milhares de anjos, querubins e serafins contemplarem! -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1897. VA 194 1 Anjos pairavam sobre o local [Getsêmani] a fim de testemunhar a cena. -- Spiritual Gifts 1:47. VA 194 2 Contemplaram o Filho de Deus, seu amado Comandante, em Sua sobre-humana agonia, aparentemente morrendo no campo de batalha para salvar um mundo perdido e a perecer. Todo o Céu ouvira aquela oração de Cristo. VA 194 3 Sua agonia de alma, que por três vezes forçara os trêmulos e pálidos lábios a exclamarem: "Pai, se possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não seja como Eu quero, e sim como Tu queres" (Mateus 26:39), convulsionou os Céus. Viram o Senhor envolto por legiões de forças satânicas, Sua natureza humana vergada por um horrendo e misterioso pavor. -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1897. VA 194 4 Os anjos que haviam feito a vontade de Cristo no Céu, desejavam ansiosamente confortá-Lo; entretanto, estava além de suas forças aliviar Suas tristezas. Eles jamais haviam sentido os pecados de um mundo arruinado, de modo que apenas podiam contemplar com assombro o objeto de sua adoração, agora sujeito a uma inexprimível tristeza. Embora os discípulos houvessem fracassado em simpatizar com o Salvador na hora mais tremenda de Seu conflito, todo o Céu encheu-se de simpatia e esperou pelo resultado com doloroso interesse. -- The Present Truth, 3 de Dezembro de 1885. VA 194 5 Três vezes a súplica por livramento brotara dos lábios de Cristo. Os Céus, não mais podendo suportar a cena, enviaram um mensageiro de consolação ao prostrado Filho de Deus, desfalecendo e morrendo sob a acumulada culpa do mundo. -- The Present Truth, 18 de Fevereiro de 1886. VA 195 1 Na crise suprema, quando coração e alma se rompem sob o fardo do pecado, Gabriel é enviado para fortalecer o divino Sofredor, animando-O a prosseguir no caminho manchado de sangue. -- The Signs of the Times, 9 de Dezembro de 1897. VA 195 2 Nessa horrível crise, quando tudo estava em jogo, quando o misterioso cálice tremia nas mãos do Sofredor, abriu-se o Céu, surgiu uma luz por entre a tempestuosa treva da hora da crise, e o poderoso anjo que se acha na presença de Deus, ocupando a posição da qual Satanás caíra, veio para junto de Cristo. O anjo não veio para tomar-Lhe o cálice das mãos, mas para fortalecê-Lo a fim de que o bebesse, com a certeza do amor do Pai. ... VA 195 3 Os adormecidos discípulos foram subitamente despertados pela luz que circundava o Salvador. Viram o anjo inclinado sobre o prostrado Mestre. Viram-no erguer a cabeça do Salvador sobre seu seio, e apontar para o Céu. Ouviram-lhe a voz, qual música suave, proferindo palavras de conforto e esperança. ... Novamente os discípulos, em sua fadiga, cedem àquele estranho torpor que os domina. Novamente Jesus os encontra dormindo. VA 195 4 Contemplando-os dolorosamente, diz Ele: "Dormi, agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores." Mateus 26:45. VA 195 5 Mesmo ao proferir essas palavras, ouviu as pisadas da turba que vinha em Sua procura, e disse: "Levantai-vos, partamos; eis que é chegado o que Me trai." Mateus 26:46. VA 196 1 Nenhum vestígio de Sua recente agonia se podia divisar ao adiantar-Se Jesus para enfrentar o traidor. Achando-Se à frente dos discípulos, disse: "A quem buscais?" Responderam: "A Jesus, o Nazareno." Jesus disse: "Sou Eu." João 18:4, 5. -- O Desejado de Todas as Nações, 693, 694. VA 196 2 Cristo tinha poder para livrar a Si mesmo. Quando Ele proferiu as palavras [no Getsêmani]: "Sou Eu" (João 18:5), foi imediatamente circundado pelos anjos, e aquela turba teve todas as evidências que podiam ou queriam ter de que Cristo possuía o poder de Deus. -- Este Dia com Deus, 265. VA 196 3 Foi difícil para os anjos suportar a cena. Eles teriam libertado Jesus... mas os anjos em comando não lhes permitiram. ... Jesus sabia que os anjos testemunhavam a cena de Sua humilhação. ... O mais débil dos anjos teria sido capaz de fazer a multidão prostrar-se sem forças, libertando a Cristo. -- Spiritual Gifts 1:50, 51. VA 196 4 O anjo que há pouco estivera confortando a Jesus interpôs-se entre Ele e a multidão. Uma luz divina iluminou o rosto do Salvador, e uma como que pomba pairou sobre Ele. Em presença dessa divina glória, a turba assassina não pôde permanecer um momento. Cambalearam em recuo. Sacerdotes, anciãos, soldados e o próprio Judas caíram como mortos por terra. ... Rapidamente, porém, mudou a cena. -- O Desejado de Todas as Nações, 694, 695. VA 196 5 O anjo retirou-se, deixando Jesus em pé, calmo e com domínio de Si mesmo; os brilhantes raios do luar banhavam Sua pálida face, enquanto os perseguidores O rodeavam, prostrados e desajudados, e os discípulos estavam demasiado assombrados para emitir uma só palavra. Quando o anjo se afasta, os endurecidos soldados romanos erguem-se e junto com os sacerdotes e Judas, reúnem-se à volta de Cristo, como que envergonhados por sua fraqueza, e temerosos de que Ele pudesse escapar de suas mãos. -- The Signs of the Times, 21 de Agosto de 1879. VA 197 1 Os discípulos haviam julgado que o Mestre não Se permitiria ser aprisionado. ... Ficaram decepcionados e indignados, ao verem as cordas trazidas para ligar as mãos dAquele a quem amavam. Em sua indignação, Pedro puxou precipitadamente da espada e... cortou uma orelha do servo do sumo sacerdote. Quando Jesus viu o que fora feito, soltou as mãos, ... e dizendo: "Deixai-os; basta" (Lucas 22:51), tocou a orelha, e esta sarou instantaneamente. Disse então a Pedro: "Mete no seu lugar a tua espada. ... Ou pensas tu que Eu não poderia, agora, orar a Meu Pai e que Ele não Me daria mais de doze legiões de anjos?" Mateus 26:52, 53. -- O Desejado de Todas as Nações, 696. VA 197 2 Quando estas palavras foram proferidas, o rosto dos anjos se animou. Desejaram nesse exato momento cercar seu Comandante e dispersar a vil turba. Outra vez, porém, a tristeza estampou-se em suas faces ao Jesus acrescentar: "Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?" Mateus 26:54. O coração dos discípulos também imergiu em desespero e amargo desapontamento quando viram Jesus deixando-Se levar pela turba. -- Spiritual Gifts 1:48. Ante a corte de Anás e Caifás VA 197 3 Cristo devia ser julgado formalmente perante o Sinédrio; mas perante Anás foi submetido a um julgamento preliminar. ... Quando o conselho se ajuntara no tribunal, Caifás tomou seu lugar como presidente. ... Contemplando... o Prisioneiro, ele foi tomado de admiração pela nobreza e dignidade de Seu porte. Sobreveio-lhe a convicção de que esse Homem tinha parentesco divino. Logo a seguir baniu desdenhosamente essa idéia. -- O Desejado de Todas as Nações, 698, 703, 704. VA 198 1 Todo o Céu presenciou o tratamento cruel dispensado a Cristo. Nas terríveis cenas da sala de julgamento, Deus mostrou ao universo celestial o espírito que se manifesta naqueles que não estão dispostos a obedecer à Sua lei. -- Manuscript Releases 12:412. VA 198 2 Foi difícil para os anjos suportar a cena. Eles teriam libertado Jesus das mãos de Seus inquisidores; mas os anjos em comando lhes proibiram fazê-lo. ... Jesus sabia que os anjos testemunhavam a cena de Sua humilhação. VA 198 3 Ali estava Jesus, manso e humilde, diante da enfurecida multidão que O maltratavam. Cuspiam em Sua face -- aquela face da qual um dia desejarão esconder-se, a mesma que dará luz à cidade de Deus e brilha mais intensa que o sol -- mas ainda assim nem mesmo um olhar furioso lançou Ele aos ofensores. Mansamente erguia a mão e Se limpava. Cobriram-Lhe a cabeça com um velho manto e, enquanto Lhe cegavam a visão, batiam-Lhe na face, gritando: "Profetiza-nos, Cristo, quem é o que Te bateu?" Mateus 26:68. Houve comoção entre os anjos. Teriam vindo imediatamente resgatar o Salvador, mas o anjo comandante impediu-os de o fazerem. -- Spiritual Gifts 1:50, 51. Diante de Pilatos VA 199 1 Os homens estavam possuídos de um espírito satânico quando decidiram optar por Barrabás, ladrão e assassino, de preferência ao Filho de Deus. O poder demoníaco triunfou sobre a humanidade; legiões de anjos maus assumiram o completo controle dos homens, e em resposta à pergunta de Pilatos, sobre quem deveria ser solto, gritaram: "Fora daqui com Este e solta-nos Barrabás." Lucas 23:18. Quando, uma vez mais, Pilatos falou em relação a Jesus, os gritos se tornaram mais fortes: "Crucifica-O! crucifica-O!" Lucas 23:21. Cedendo o controle aos agentes demoníacos, os homens tomaram posição ao lado do grande apóstata. VA 199 2 Os mundos não caídos contemplavam esta cena com assombro, incapazes de compreender o nível de degradação ocasionado pelo pecado. Legiões de anjos maus controlavam sacerdotes e dirigentes e, mediante os mesmos, prosseguiam às sugestões de Satanás quanto a persuadir e tentar o povo, através de falsidades e suborno, a rejeitar o Filho de Deus e a escolher um ladrão e assassino em Seu lugar. ... Que cena era essa, para ser contemplada por Deus, serafins e querubins! O Filho Unigênito de Deus, a Majestade do Céu, o Rei da glória, sendo zombado, insultado, escarnecido, rejeitado e crucificado por aqueles a quem viera salvar, os quais se haviam entregado ao controle de Satanás! -- The Review and Herald, 14 de Abril de 1896. VA 200 1 Os anjos que contemplavam a cena perceberam as convicções de Pilatos e registraram sua simpatia por Jesus. ... VA 200 2 Satanás e seus anjos tentavam Pilatos e procuravam conduzi-lo à sua própria ruína. Sugeriram-lhe que, se não tomasse parte na condenação de Jesus, outros o fariam. -- Spiritual Gifts 1:54, 56. VA 200 3 Mesmo então Pilatos não foi deixado a agir às cegas. Uma mensagem de Deus o advertiu do que estava para cometer. Em resposta às orações de Cristo, a esposa de Pilatos foi visitada por um anjo do Céu, e vira em sonho o Salvador, e com Ele conversara. ... Contemplou-O em julgamento no tribunal. Viu-Lhe as mãos firmemente ligadas como as de um criminoso. Viu Herodes e seus soldados praticando sua terrível ação. Ouviu os sacerdotes e príncipes, cheios de inveja e perversidade, acusando furiosamente. Ouviu as palavras: "Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer." João 19:7. VA 200 4 Viu Pilatos entregar Jesus aos açoites, depois de haver declarado: "Não acho nEle crime algum." João 19:4. Ouviu a condenação pronunciada por Pilatos, e viu-o entregar Cristo a Seus matadores. Viu a cruz erguida no Calvário. Viu a Terra envolta em trevas, e ouviu o misterioso brado: "Está consumado." João 19:30. Ainda outra cena se lhe deparou ao olhar. Viu Cristo sentado sobre uma grande nuvem branca, enquanto a Terra vacilava no espaço, e Seus assassinos fugiam da presença de Sua glória. Com um grito de terror despertou ela, e escreveu imediatamente a Pilatos palavras de advertência. VA 200 5 Enquanto Pilatos hesitava quanto ao que havia de fazer, um mensageiro, abrindo apressadamente caminho por entre a multidão, passou-lhe uma carta de sua esposa, que dizia: "Não entres na questão deste justo, porque num sonho muito sofri por causa dEle." Mateus 27:19. VA 201 1 Pilatos empalideceu. Estava confuso ante suas próprias contraditórias emoções. Mas enquanto demorava, os sacerdotes e príncipes inflamavam ainda mais o espírito do povo. ... VA 201 2 Pilatos anelava libertar a Jesus. Viu, porém, que não podia fazer isso e conservar ainda sua posição e honra. De preferência a perder seu poder no mundo, escolheu sacrificar uma vida inocente. ... VA 201 3 Pilatos cedeu às exigências da turba. A arriscar sua posição, preferiu entregar Jesus para ser crucificado. -- O Desejado de Todas as Nações, 732, 733, 738. A crucifixão de Cristo VA 201 4 O Filho de Deus foi entregue ao povo para ser crucificado. ... Puseram sobre Ele uma pesada cruz... mas Jesus desmaiou sob o enorme fardo. Encontraram então um homem... que, embora não houvesse professado abertamente sua fé em Cristo, cria nEle. Colocaram sobre este a cruz e ele a conduziu ao lugar fatal. Companhias de anjos formavam-se nos ares sobre o lugar. -- Spiritual Gifts 1:57. VA 201 5 Quem presenciou estas cenas? O universo celestial, Deus Pai, Satanás e seus anjos. -- Bible Echo and Signs of the Times, 29 de Maio de 1899. VA 201 6 Anjos celestes... ouviram as palavras zombeteiras e escarnecedoras, e viram o sacudir das cabeças. Alegremente haver-se-iam colocado ao lado do Filho de Deus em Sua humilhação e angústia corporal, mas não lhes foi permitido fazê-lo. -- Manuscript Releases 18:71. VA 202 1 "Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se" (Mateus 27:42), foi a frase zombeteira lançada contra Cristo enquanto agonizava pendente da cruz. A qualquer momento poderia Ele haver salvado a Si mesmo, descendo da cruz; contudo, houvesse Ele procedido assim, o mundo teria sido entregue ao controle do grande apóstata. Foi espantoso para os anjos que Jesus não houvesse fechado com a morte os lábios dos escarnecedores. -- The Youth's Instructor, 14 de Junho de 1900. VA 202 2 Entre aqueles que zombavam de Cristo pendente da cruz, encontravam-se personificados Satanás e seus anjos. Era Satanás quem enchia as bocas com vis maldições. Ele inspirava os gracejos. -- Manuscript Releases 18:72. VA 202 3 Os principados e potestades das trevas reuniram-se em torno da cruz. O grande apóstata, ainda mantendo notável estatura, conduzia a multidão maligna que se unira aos seres humanos em luta contra Deus. -- The Signs of the Times, 14 de Abril de 1898. VA 202 4 E [Cristo] estava lutando com o poder de Satanás, que declarava ter Cristo em suas mãos, que era superior em força ao Filho de Deus, que o Pai estava rejeitando o Filho e que Este não estava, mais que ele próprio, no favor de Deus. -- Testemunhos Selectos 1:233. VA 202 5 Cristo não cedeu no menor grau ao inimigo torturador, mesmo quando sob a mais amarga angústia. Legiões de anjos maus estavam à Sua volta, ao passo que aos anjos santos foi ordenado que não rompessem fileiras e não se envolvessem em conflito com o inimigo que tentava e injuriava a Cristo. Tampouco lhes foi permitido ministrar ao angustiado espírito do divino Sofredor. Foi nessa hora de terrível treva, com a face do Pai escondida, com legiões de anjos do mal circundando-O, com os pecados do mundo inteiro pesando sobre Ele, que de Seus pálidos lábios irromperam as palavras: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" Mateus 27:46. -- Bible Echo and Signs of the Times, 1 de Janeiro de 1887. VA 203 1 As trevas que cobriram a Terra em Sua crucifixão, escondiam a presença de poderosos agentes celestiais, e a terra sacudiu-se diante da marcha dos exércitos do Céu. As rochas se partiram; durante três horas a Terra foi mergulhada em impenetrável escuridão; a Natureza, com seu manto escuro, ocultou os sofrimentos do Filho de Deus. -- Manuscript Releases 5:353. VA 203 2 O Pai, junto com Seus anjos, também Se escondeu na espessa escuridão. Deus estava bem perto de Seu Filho, embora não Se houvesse manifestado a Ele ou a qualquer ser humano. Houvesse um só raio de Sua glória e poder penetrado nessa grossa nuvem que envolvia a Cristo, todos os espectadores teriam sido extintos. -- Manuscript Releases 12:385. VA 203 3 Como pôde o Céu manter silêncio? Podemos nós maravilhar-nos da sobrenatural escuridão que envolveu a cruz? Podemos admirar-nos de ver as rochas partindo-se, de ouvir o bramido do trovão, de ver os relâmpagos faiscantes, de perceber a Terra tremendo sob a marcha do exército celestial enquanto este contemplava seu amado Comandante sofrendo tamanha indignidade? -- The Review and Herald, 1 de Setembro de 1891. VA 204 1 Quando Cristo exclamou: "Está consumado" (João 19:30), os mundos não caídos ficaram em segurança. Para estes a batalha havia sido completada e a vitória obtida. Desde então Satanás não mais encontraria espaço nas afeições do Universo. -- The Review and Herald, 12 de Março de 1901. VA 204 2 Os santos anjos horrorizavam-se de que alguém que estivera com eles pudesse cair tão baixo e ser capaz de tamanha crueldade como a que demonstrara ao Filho de Deus no Calvário. Todo e qualquer sentimento de piedade e simpatia que alguma vez houvessem nutrido por Satanás em seu exílio, foi agora banido do coração deles. -- The Signs of the Times, 23 de Setembro de 1889. VA 204 3 Não foi a mão do sacerdote que rasgou de alto a baixo o formoso véu que separava o lugar santo do lugar santíssimo. Foi a mão de Deus. Quando Cristo exclamou: "Está consumado" (João 19:30), o Santo Vigia que fora o hóspede invisível no banquete de Belsazar, sentenciou a nação judaica como excomungada. A mesma mão que traçara sobre a parede os caracteres que explanaram o destino de Belsazar e o final do reinado babilônico, rasgou o véu do templo de alto a baixo. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1109. VA 204 4 Eles [os líderes judeus] retiraram Seu corpo da cruz e o depositaram na tumba nova de José, rolando uma grande pedra sobre a porta do sepulcro, alegando como razão para assim procederem, o risco de virem os discípulos à noite para roubar o corpo. Anjos maus exultavam ao redor da sepultura, pois imaginavam que Cristo havia sido vencido. Um grupo de soldados romanos fora posto a manter guarda junto à tumba, e as maiores precauções imagináveis haviam sido postas em prática pelos judeus, para que seu triunfo fosse completo. Todavia, anjos celestiais guardavam o lugar em que seu amado Comandante dormia. -- The Review and Herald, 9 de Outubro de 1888. VA 205 1 Não foi senão por ocasião da morte de Cristo que o caráter de Satanás se revelou claramente aos anjos e aos mundos não caídos. Foi então que as mentiras e acusações daquele que antes fora um exaltado anjo, apareceram em sua verdadeira luz. -- The Signs of the Times, 27 de Agosto de 1902. VA 205 2 A morte de Cristo na cruz assegurou a destruição daquele que possui o poder da morte, que foi o originador do pecado. Quando Satanás for destruído, não haverá ninguém para tentar outro a pecar. A expiação jamais necessitará ser repetida, e não existirá o risco de uma nova rebelião no Universo de Deus. A única medida capaz de vencer o pecado neste mundo de trevas, evitará que novamente o pecado brote no Céu. VA 205 3 O significado da morte de Cristo será percebido por santos e anjos. Homens caídos não teriam um lar no Paraíso de Deus sem o Cordeiro morto desde a fundação do mundo. ... Os anjos atribuem honra e glória a Cristo, pois nem mesmo eles se encontram seguros, exceto ao contemplarem os sofrimentos do Filho de Deus. É através da eficácia da cruz que os anjos do Céu são protegidos contra a apostasia. Sem a cruz eles não se encontrariam em maior segurança contra o mal, do que os anjos estavam antes da queda de Satanás. A perfeição angélica fracassou no Céu. A perfeição humana fracassou no Éden. ... O plano de salvação, tornando manifesta a justiça e amor de Deus, provê eterna salvaguarda contra a rebelião dos mundos não caídos. ... A morte de Cristo sobre a cruz do Calvário é a nossa única esperança neste mundo, e será o nosso tema no mundo por vir. -- The Signs of the Times, 30 de Dezembro de 1889. VA 206 1 Cristo, em Sua vida e morte, respondeu para sempre a profunda e ampla questão quanto a se existe um Deus abnegado, e se Deus é luz e amor. Foi esta a questão surgida nos mundos lá de cima, o que representou o início do afastamento de Satanás em relação a Deus. A mudança ou abolição das leis de Seu governo nas cortes celestiais fora exigida como evidência do amor de Deus. -- The Review and Herald, 21 de Outubro de 1902. ------------------------Capítulo 17 -- Os anjos desde a ressurreição de Cristo até sua ascensão A manhã da ressurreição VA 207 1 Os discípulos descansaram no sábado, entristecidos pela morte de seu Senhor, enquanto Jesus, o Rei da glória, jazia no túmulo. Aproximando-se a noite, soldados posicionaram-se para guardar o lugar de repouso do Salvador, enquanto anjos, invisíveis, pairavam sobre o local sagrado. -- Primeiros Escritos, 181. VA 207 2 Lentamente passara a noite do primeiro dia da semana. Havia soado a hora mais escura, exatamente antes do raiar da aurora. Cristo continuava prisioneiro em Seu estreito sepulcro. A grande pedra estava em seu lugar; intacto, o selo romano; a guarda, de sentinela. Vigias invisíveis ali estavam também. Exércitos de anjos maus se achavam reunidos em torno daquele lugar. Houvesse sido possível, e o príncipe das trevas, com seu exército de apóstatas, teria mantido para sempre fechado o túmulo que guardava o Filho de Deus. Uma multidão celeste, porém, circundava o sepulcro. Anjos magníficos em poder o guardavam, esperando o momento de saudar o Príncipe da Vida. -- O Desejado de Todas as Nações, 779. VA 208 1 E, enquanto ainda era escuro, os anjos vigilantes sabiam que o tempo para o livramento do amado Filho de Deus, seu querido Comandante, era quase vindo. Enquanto esperavam com a mais profunda emoção a hora de Seu triunfo, um poderoso anjo veio voando rapidamente do Céu. -- Primeiros Escritos, 181. VA 208 2 O anjo mais poderoso do Céu, aquele que ocupava o lugar antes pertencente a Satanás, recebeu ordens do Pai e, revestido da armadura celestial, afastou as trevas de seu caminho. Seu rosto lembrava um relâmpago, e suas vestes eram tão alvas como a neve. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1110. VA 208 3 Um dos anjos que havia testemunhado a humilhação de Jesus e que agora guardava Seu sagrado local de repouso, uniu-se ao anjo vindo do Céu, e juntos vieram ambos ao sepulcro. A terra sacudiu-se e tremeu quando eles se aproximaram, produzindo-se um poderoso terremoto. -- Spiritual Gifts 1:66. VA 208 4 O rosto que [os soldados romanos] contemplam não é o de um guerreiro mortal; é a face do mais poderoso dos exércitos do Senhor. Este mensageiro é o que ocupa a posição da qual caiu Satanás. Fora aquele que nas colinas de Belém proclamara o nascimento de Cristo. A terra treme à sua aproximação, fogem as multidões das trevas. -- O Desejado de Todas as Nações, 779, 780. VA 209 5 O anjo aproximou-se da tumba, removeu a pedra como se fosse um pequeno seixo, e sentou-se sobre ela. A luz do Céu circundou a tumba, e o Céu inteiro foi iluminado pela glória dos anjos. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1110. VA 209 1 O comandante angélico tomou a pedra cuja colocação naquele lugar requerera a participação de muitos homens fortes, rolou-a para o lado e sentou-se sobre ela. Seu companheiro entrou no sepulcro e desatou os lençóis que envolviam a face e a cabeça de Jesus. VA 209 2 Então o poderoso anjo, com voz que fez a terra tremer, disse: "Jesus, Filho de Deus, Teu Pai Te chama!" Aquele que havia adquirido o poder de vencer a morte e a sepultura, saiu da mesma como Conquistador, em meio às contorções da terra, o clarão dos relâmpagos e o rugido dos trovões. -- The Spirit of Prophecy 3:192. VA 209 3 Aquele que dissera: "Dou a Minha vida para tornar a tomá-la" (João 10:17), saiu da tumba para a vida que nEle mesmo se encontrava. A humanidade morrera, porém não a divindade. Em Sua divindade, possuía Cristo o poder para quebrar os laços da morte. -- The Youth's Instructor, 4 de Agosto de 1898. VA 209 4 A Divindade resplandeceu através de Cristo enquanto Ele saía da sepultura e Se erguia triunfantemente sobre a morte e o sepulcro. -- The Signs of the Times, 30 de Maio de 1895. VA 209 5 A guarda romana... foi capacitada a suportar o espetáculo, pois tinha de apresentar a mensagem como testemunha da ressurreição de Cristo. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1110. VA 209 6 Os guardas encheram-se de terrível temor. Onde ficara o seu poder para guardar o corpo de Jesus? Já nem pensavam em seu dever, tampouco em que os discípulos houvessem roubado o corpo. Seu temor e assombro devia-se à excessiva glória da luz dos anjos, que os rodeava mais intensa que a do sol. Os guardas romanos viram os anjos, e caíram como mortos ao solo. -- Spiritual Gifts 1:66. VA 210 1 Em solene admiração a multidão angélica presenciou a cena. Quando Jesus saiu majestosamente do sepulcro, aqueles radiantes anjos se prostraram até o chão e O adoraram. Glorificaram-nO, então, com cânticos de vitória e triunfo. -- Spiritual Gifts 1:66, 67. VA 210 2 Os soldados... ouviram os habitantes celestiais cantando com grande regozijo e triunfo: "Venceste Satanás e os poderes das trevas!" "Tragada foi a morte na vitória." 1 Coríntios 15:54. "E ouvi uma grande voz no Céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite." Apocalipse 12:10. -- The Spirit of Prophecy 3:194. VA 210 3 Quando a multidão angélica regressou aos Céus e sua luz e glória se dissiparam, [os guardas romanos] ergueram-se para constatar se lhes era seguro olhar à volta. Encheram-se de assombro quando viram a grande pedra removida da porta do sepulcro, onde Jesus já não Se achava. -- Spiritual Gifts 1:68. VA 210 4 Satanás não triunfara. Seus anjos haviam fugido diante da intensa e penetrante luz dos anjos celestes. Queixaram-se amargamente a seu rei, de que a presa lhes fora arrebatada com violência, e que Aquele a quem tanto odiavam havia ressuscitado dentre os mortos. -- Spiritual Gifts 1:67. Imediatamente após a ressurreição de Cristo VA 211 1 Por um momento Satanás pareceu mostrar preocupação e desânimo. Convocou um concílio com seus anjos a fim de considerar quais deveriam ser os passos seguintes em sua obra contra o governo de Deus. Satanás disse: Devemos apressar-nos em retornar aos sacerdotes e príncipes. Fomos bem-sucedidos em enganá-los, em cegar-lhes os olhos, e em endurecer-lhes o coração contra Jesus. Nós os fizemos crer que Ele era um impostor. A guarda romana levará a odiosa notícia de que Cristo ressurgiu. Levamos os sacerdotes e príncipes a odiarem Jesus e a assassiná-Lo. Agora, mostrem claramente que eles, assassinos que são, se a notícia da ressurreição de Cristo se tornar conhecida, virão a ser apedrejados pelo povo por haverem matado um homem inocente. -- Spiritual Gifts 1:67, 68. VA 211 2 [Os guardas romanos] deixaram o sepulcro surpresos com o que haviam visto e ouvido, apressando-se em ir até a cidade e relatando a todos que encontravam as maravilhosas cenas que haviam testemunhado. ... Enquanto isso, um mensageiro foi enviado aos sacerdotes e príncipes, anunciando-lhes: Cristo, a quem vocês crucificaram, ergueu-Se dentre os mortos! VA 211 3 Um servo foi imediatamente enviado com uma mensagem particular, ordenando que os guardas romanos se apresentassem no palácio do sumo sacerdote. Foram intensamente interrogados, sendo que apresentaram um completo relato daquilo que haviam presenciado no sepulcro: Que um majestoso mensageiro viera do Céu com a face brilhando como relâmpago e trajando vestimentas alvas como a neve; que a terra sacudira e tremera, e eles haviam perdido as forças; que o anjo rolara a pesada pedra da porta do sepulcro como se fosse um pequeno seixo; que um Ser de imensa glória saíra do sepulcro; que um coro de vozes havia enchido os Céus e a Terra com cânticos de alegria e vitória; que ao a luz se dissipar e as vozes musicais cessarem, eles haviam recuperado as forças, encontrando vazia a tumba. Não mais haviam visto o corpo de Jesus em parte alguma. -- Redemption: Or the Resurrection of Christ, and His Ascension, seção 6:14, 15. VA 212 1 Os guardas romanos apressaram-se em ir aos príncipes e sacerdotes com a extraordinária história que haviam presenciado. Quando aqueles assassinos ouviram o maravilhoso relato, seus rostos empalideceram. Encheram-se de horror pelo que haviam feito. Compreenderam que, se o relato fosse correto, estariam eles perdidos. Por breves momentos sentiram-se estupefatos, em silêncio, sem ter o que fazer ou dizer. Crer naquilo que ouviam, significava sua própria condenação. VA 212 2 Retiraram-se para consultar quanto a que deveriam fazer. Concluíram que se o relato da ressurreição de Jesus se espalhasse, que se o povo chegasse a saber da tremenda glória que deixara os guardas como mortos, certamente a multidão se enfureceria contra eles e os mataria. Decidiram subornar os guardas para manter o assunto em segredo. Ofereceram-lhes muito dinheiro para que dissessem que, enquanto dormiam, os discípulos haviam vindo para roubar o corpo de Cristo. Quando os guardas perguntaram o que lhes aconteceria por dizerem que haviam dormido no posto do dever, os príncipes e sacerdotes lhes asseguraram que persuadiriam o governador a poupá-los. -- Spiritual Gifts 1:68. As mulheres vão ao sepulcro VA 213 1 As mulheres que estiveram junto à cruz de Cristo esperaram, atentas, que passassem as horas de sábado. No primeiro dia da semana, muito cedo, fizeram o caminho para o sepulcro, levando consigo preciosas especiarias para ungirem o corpo do Salvador. ... VA 213 2 Ignorantes do que se passava mesmo então, aproximaram-se do horto, dizendo: "Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro?" Marcos 16:3. Sabiam não lhes ser possível afastá-la, todavia continuaram adiante. E eis que os céus se iluminaram de repente com uma glória que não provinha do sol nascente. A terra tremeu. Elas viram que a pedra fora removida. O sepulcro estava vazio. VA 213 3 As mulheres que foram ao sepulcro, não partiram todas do mesmo lugar. Maria Madalena foi a primeira a chegar ao local; e ao ver que a pedra fora retirada, correu para anunciá-lo aos discípulos. Enquanto isso, chegaram as outras mulheres. Havia uma luz em volta do sepulcro, mas o corpo de Jesus não se achava ali. Enquanto andavam em torno, viram de repente não se encontrarem sós. Um jovem de vestes brilhantes estava sentado junto ao túmulo. Era o anjo que rolara a pedra. Tomara a forma humana, a fim de não atemorizar essas discípulas de Jesus. Todavia, brilhava-lhe ainda em torno a glória celestial. -- O Desejado de Todas as Nações, 788, 789. VA 214 1 As mulheres sentiram-se terrivelmente amedrontadas e inclinaram-se com o rosto em terra, pois a visão do ser celestial era mais do que podiam suportar. O anjo foi compelido a ocultar ainda mais sua glória antes de poder conversar com elas. -- The Youth's Instructor, 21 de Julho de 1898. VA 214 2 "Não tenhais medo", disse ele; "pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos Seus discípulos que já ressuscitou dos mortos." Mateus 28:5-7. VA 214 3 De novo olharam elas para o sepulcro, e tornaram a ouvir as maravilhosas novas. Outro anjo, em forma humana, ali está, e diz: "Por que buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite." Lucas 24:5-7. VA 214 4 Ressuscitou! Ressuscitou! As mulheres repetem e tornam a repetir as palavras. -- O Desejado de Todas as Nações, 789. Cristo ascende ao Pai VA 214 5 "Ide", disseram os anjos às mulheres, "dizei aos Seus discípulos que Ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali O vereis. É como vos digo!" Mateus 28:7. Esses anjos estiveram com Cristo, como guardas, durante Sua existência terrestre. Testemunharam-Lhe o julgamento e a crucifixão. Ouviram Suas palavras aos discípulos. -- O Desejado de Todas as Nações, 793. VA 215 1 Apressadas, afastam-se as mulheres do sepulcro e "com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos Seus discípulos". Mateus 28:8. VA 215 2 Maria não ouvira as boas novas. Foi ter com Pedro e João, levando a dolorosa mensagem: "Levaram o meu Senhor, e não sei onde O puseram." João 20:13. VA 215 3 Os discípulos correram para o túmulo, e acharam ser como Maria dissera. Viram o manto e o lenço, mas não acharam o Senhor. ... VA 215 4 Maria acompanhara João e Pedro ao sepulcro; quando eles voltaram a Jerusalém, ela permaneceu. Contemplando a tumba vazia, o coração encheu-se-lhe de dor. Olhando para dentro, viu os dois anjos, um à cabeceira, outro aos pés do lugar em que Jesus jazera. "Mulher, por que choras?" perguntaram-lhe. "Porque levaram o meu Senhor", disse ela, "e não sei onde O puseram." João 20:13. VA 215 5 Então ela se voltou para se afastar, mesmo dos anjos, pensando em encontrar alguém que lhe dissesse o que fora feito com o corpo de Jesus. Outra voz a ela se dirigiu: "Mulher, por que choras? Quem buscas?" Através das lágrimas que lhe empanavam os olhos, Maria viu a figura de um homem e, pensando que fosse o hortelão, disse: "Senhor, se tu O levaste, dize-me onde O puseste, e eu O levarei." João 20:15. ... VA 215 6 Mas então, em Sua voz familiar, Jesus lhe diz: "Maria!" Agora sabia que não era um estranho que se dirigia a ela e, voltando-se, viu diante de si o Cristo vivo. Em sua alegria, esqueceu que Ele fora crucificado. Saltando para Ele, como para abraçar-Lhe os pés, disse ela: "Raboni." João 20:16. Cristo, porém, ergueu a mão, dizendo: Não Me detenhas, "porque ainda não subi para Meu Pai". João 20:17. ... VA 216 1 Jesus recusou receber a homenagem de Seu povo até haver obtido a certeza de estar Seu sacrifício aceito pelo Pai. Subiu às cortes celestiais, e ouviu do próprio Deus a afirmação de que Sua expiação pelos pecados dos homens fora ampla, de que por meio de Seu sangue todos poderiam obter a vida eterna. ... VA 216 2 Depois de haver ascendido ao Pai, Jesus apareceu às outras mulheres, dizendo: "Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os Seus pés e O adoraram. Então, Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a Meus irmãos que vão a Galiléia e lá Me verão." Mateus 28:9, 10. -- O Desejado de Todas as Nações, 789, 790, 793. Outras aparições após a ressurreição VA 216 3 Ao entardecer do dia da ressurreição, dois dos discípulos se achavam no caminho de Emaús, pequena aldeia cerca de doze quilômetros de Jerusalém. ... Tinham ouvido as notícias da manhã com respeito à remoção do corpo de Jesus do sepulcro, bem como a narração das mulheres que viram os anjos e encontraram a Jesus. Voltavam agora para casa. ... VA 216 4 Não haviam andado muito quando se lhes juntou um Estranho, mas tão absorvidos se achavam em sua negra decepção que não O observaram muito. Continuaram em sua conversa, externando os pensamentos de seu coração. ... Enquanto falavam sobre os acontecimentos que se haviam desenrolado, Jesus anelava consolá-los. ... Devia, porém, dar-lhes lições que nunca haveriam de esquecer. ... VA 217 1 Começando com Moisés... Cristo expôs em todas as Escrituras as coisas que Lhe diziam respeito. ... Com provas tiradas da profecia, deu Cristo aos discípulos uma idéia correta do que Ele devia ser na humanidade. ... VA 217 2 Enquanto andavam, o sol baixara. ... Quando os discípulos estavam para entrar em casa, o Estranho pareceu como se fosse continuar a viagem. Mas os discípulos sentiram-se atraídos para Ele. ... "Fica conosco", disseram. Ele não parecia disposto a aceitar-lhes o convite, mas insistiram, dizendo: "Já é tarde, e já declinou o dia." Cristo concordou com esse rogo, "e entrou para ficar com eles". Lucas 24:29. ... VA 217 3 A simples refeição da noite, composta de pão, é prontamente preparada. É colocada diante do Hóspede, que tomou assento à cabeceira da mesa. Estende então as mãos para abençoar o alimento. Os discípulos recuam assombrados. Seu Companheiro estende as mãos exatamente da mesma maneira como o fazia o Mestre. Olham outra vez, e eis que Lhe vêem nas mãos os sinais dos cravos. Ambos exclamam imediatamente: É o Senhor Jesus! Ressuscitou dos mortos! VA 217 4 Erguem-se para lançar-se-Lhe aos pés em adoração, mas Ele desaparece diante de seus olhos. ... Mas com essas grandes novas a comunicar, não se podiam sentar e conversar. ... Deixam a refeição intacta e, cheios de alegria, põem-se imediatamente a caminho outra vez pela mesma estrada por onde tinham vindo, apressando-se para dar as novas aos discípulos na cidade. -- O Desejado de Todas as Nações, 795-801. VA 217 5 Chegando a Jerusalém, os dois discípulos entram pela porta oriental, aberta à noite em ocasião de festas. ... Vão ao cenáculo, onde Jesus passara as primeiras horas da última noite, antes de Sua morte. ... Encontram a porta da câmara fechada a trave, por segurança. Batem pedindo entrada, mas nenhuma resposta. Tudo quieto. Dão então seu nome. A porta é cautelosamente aberta, eles entram, e Outro, invisível, entra com eles. Novamente é trancada a porta, para evitar espias. VA 218 1 Os viajantes encontram todos numa agitação surpreendente. As vozes dos presentes irrompem em ações de graças e louvores, dizendo: "Ressuscitou, verdadeiramente, o Senhor e já apareceu a Simão." Lucas 24:34. Então os dois viajantes... contam a maravilhosa história de como Jesus lhes aparecera. Apenas a terminam, ... [e] eis que outra Pessoa Se acha perante eles. ... Ouvem então uma voz que não é outra senão a do Mestre. ... VA 218 2 "E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E Ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao vosso coração? Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; tocai-Me e vede; pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho. E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés." Lucas 24:37-40. -- O Desejado de Todas as Nações, 802, 803. VA 218 3 Vários discípulos fizeram, então, do familiar cenáculo, sua habitação temporária, e à noite todos, com exceção de Tomé, aí se reuniam. Uma noite, Tomé decidiu reunir-se com os demais. ... Enquanto os discípulos tomavam a refeição da tarde, conversavam acerca dos testemunhos que Jesus lhes dera nas profecias. "Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-Se no meio, e disse: Paz seja convosco!" João 20:26. VA 219 1 Voltando-Se para Tomé, disse: "Põe aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no Meu lado; não sejas incrédulo, mas crente." João 20:27. ... [Tomé] não desejou mais provas. O coração saltou-lhe de alegria, e lançou-se aos pés de Jesus, exclamando: "Senhor meu, e Deus meu!" João 20:28. -- O Desejado de Todas as Nações, 807. VA 219 2 Jesus indicara aos discípulos um encontro na Galiléia; e logo depois da semana da Páscoa, para ali dirigiram os passos. ... Sete dos discípulos iam em grupo. Trajavam as humildes vestes de pescador. ... Toda a noite labutaram, mas sem resultado. ... Todo esse tempo, um solitário Observador, na praia, os acompanhava com a vista, ao passo que Ele próprio Se achava invisível. Por fim raiou a manhã... e os discípulos viram de pé na praia um Estranho. ... João reconheceu o Estranho e exclamou para Pedro: "É o Senhor." João 21:7. -- O Desejado de Todas as Nações, 809, 810. VA 219 3 Em uma montanha da Galiléia se realizou uma reunião na qual se congregaram todos os crentes que podiam ser convocados. ... Ao tempo designado, cerca de quinhentos crentes estavam reunidos em pequenos grupos na encosta da montanha, ansiosos por saber tudo quanto fosse possível colher dos que tinham visto Jesus depois da ressurreição. ... De repente, achou-Se Jesus no meio deles. Ninguém podia dizer de onde nem como viera. ... Agora declarava que Lhe era dado "todo o poder". Mateus 28:18. Suas palavras levaram a mente dos ouvintes acima das coisas terrenas e temporais, às celestiais e eternas. -- O Desejado de Todas as Nações, 818, 819. VA 219 4 Por quarenta dias permaneceu Cristo na Terra, preparando os discípulos para a obra que deviam fazer, e explanando o que até então eles tinham sido incapazes de compreender. Falou-lhes das profecias concernentes a Seu advento, Sua rejeição pelos judeus e Sua morte, mostrando que cada especificação dessas profecias tinha sido cumprida. Falou-lhes também que deviam considerar o cumprimento dessas profecias como garantia do poder que haveria de assisti-los nos seus futuros labores. -- Atos dos Apóstolos, 26. A ascensão de Cristo VA 220 1 Chegou o momento de Cristo ascender ao trono do Pai. ... Como local de Sua ascensão, escolheu Jesus aquele tantas vezes consagrado por Sua presença... [o] Monte das Oliveiras. ... VA 220 2 Com os onze discípulos, dirige-Se Jesus agora para o monte. Ao passarem pela porta de Jerusalém, muitos olhares curiosos seguem o pequeno grupo, chefiado por Aquele que, poucas semanas antes, fora condenado pelos principais, e crucificado. ... Chegando ao Monte das Oliveiras, Jesus vai abrindo o caminho até o cume, à vizinhança de Betânia. Ali Se detém, e os discípulos reúnem-se-Lhe em torno. Raios de luz parecem irradiar-Lhe do semblante, enquanto os contempla amorosamente. ... Com as mãos estendidas numa bênção, e como numa firme promessa de Seu protetor cuidado, ascende Jesus lentamente dentre eles, atraído para o Céu por um poder mais forte que qualquer atração terrestre. Ao subir mais e mais, os assombrados discípulos, numa tensão visual, buscam um último vislumbre de seu Senhor ascendendo ao Céu. -- O Desejado de Todas as Nações, 829-831. VA 220 3 Quando Jesus... ascendeu do Monte das Oliveiras, não foi visto apenas por uns poucos discípulos, porém muitos O viram. Houve uma multidão de anjos, milhares de milhares que contemplaram o Filho de Deus enquanto Ele subia. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 127. VA 221 1 Enquanto os discípulos continuam a olhar para cima ouvem, qual música maviosa, vozes que se lhes dirigem. Voltam-se e vêem dois anjos em forma humana, os quais lhes falam, dizendo: "Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir." Atos dos Apóstolos 1:11. VA 221 2 Esses anjos eram do grupo que estivera esperando numa nuvem brilhante, para acompanhar Jesus à morada celestial. Os mais exaltados, dentre a multidão angélica, eram os dois que foram ao sepulcro na ressurreição de Cristo e com Ele estiveram durante Sua vida na Terra. -- O Desejado de Todas as Nações, 831, 832. VA 221 3 Cristo foi levado ao Céu numa nuvem composta de anjos viventes. -- Manuscript Releases 17:2. VA 221 4 Enquanto o séquito de anjos O recebia, dEle lhes vieram as palavras [aos discípulos]: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mateus 28:20. -- Atos dos Apóstolos, 65. VA 221 5 Milhares e milhares de anjos escoltaram honrosamente a Cristo rumo à cidade de Deus, cantando: "Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória." Salmos 24:7, 9. Os anjos sentinelas nas portas exclamavam: "Quem é este Rei da Glória?" Salmos 24:8, 10. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1890. VA 222 1 Quando Cristo Se aproximava da Cidade de Deus, as vozes de milhares de anjos ergueram-se, e os mais elevados dentre os anjos cantaram: "Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória." Salmos 24:7, 9. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 127. VA 222 2 Outra vez ergue-se o desafio: "Quem é este Rei da Glória?" Os anjos que acompanhavam a Cristo responderam: "O Senhor dos Exércitos; Ele é o Rei da Glória." Salmos 24:10. E a embaixada celestial passa pelas portas. -- The Review and Herald, 29 de Julho de 1890. VA 222 3 Quando Cristo ascendeu ao alto, levando uma multidão de cativos e escoltado pela multidão celestial, foi recebido nas portas da cidade. ... Possuía então a mesma exaltada estatura que tivera antes de vir ao mundo e morrer pelo homem. -- Spiritual Gifts 4a:119. Cristo é acompanhado à presença do Pai VA 222 4 Ali está o trono circundado pelo arco da promessa. Ali estão serafins e querubins. Os anjos estão à sua volta, porém Cristo os faz recuar. Entra à presença do Pai. Aponta ao Seu triunfo... -- aqueles que com Ele ressuscitaram, os representantes dos cativos mortos que sairão de suas sepulturas quando a trombeta soar. Aproxima-Se do Pai e... diz: Pai, está consumado. Cumpri a Tua vontade, Meu Deus. Completei a obra da redenção. Se a Tua justiça está satisfeita, "onde Eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste". João 17:24. -- The Youth's Instructor, 11 de Agosto de 1898. VA 223 1 Os braços do Pai estreitam o Filho, e ouve-se-Lhe a voz, dizendo: "Todos os anjos de Deus O adorem." Hebreus 1:6. -- Mensagens Escolhidas 1:307. VA 223 2 A multidão angélica... inclina-se em adoração diante dEle, dizendo: "Digno é o Cordeiro, que foi morto" (Apocalipse 5:12), e vive outra vez, o triunfante Conquistador. -- The Signs of the Times, 17 de Junho de 1889. VA 223 3 Ao transpor as portas celestiais, foi Jesus entronizado em meio à adoração dos anjos. Tão logo foi esta cerimônia concluída, o Espírito Santo desceu em ricas torrentes sobre os discípulos, e Cristo foi de fato glorificado com aquela glória que tinha com o Pai desde toda a eternidade. O derramamento pentecostal foi uma comunicação do Céu de que a confirmação do Redentor fora aceita. De conformidade com Sua promessa, Jesus enviara do Céu o Espírito Santo sobre Seus seguidores, em sinal de que Ele, como Sacerdote e Rei, recebera todo o poder no Céu e na Terra, tornando-Se o Ungido sobre Seu povo. -- Atos dos Apóstolos, 38, 39. ------------------------Capítulo 18 -- Os anjos desde o Pentecoste até os últimos dias Anjos protegem verdades vitais VA 224 1 Vi que anjos de Deus foram comissionados para guardar com especial cuidado as sagradas, importantes verdades que deviam servir como uma âncora para os discípulos de Cristo através de todas as gerações. O Espírito Santo especialmente repousou sobre os apóstolos, que foram testemunhas da crucifixão, ressurreição e ascensão de nosso Senhor -- verdades importantes que deviam ser a esperança de Israel. Todos deviam olhar para o Salvador do mundo como a sua única esperança, e andar no caminho que Ele havia aberto com o sacrifício de Sua própria vida, e guardar a lei de Deus e viver. Vi a sabedoria e bondade de Jesus em dar aos discípulos poder para promover a mesma obra pela qual Ele tinha sido odiado e morto pelos judeus. Em Seu nome Eles tiveram poder sobre as obras de Satanás. Um halo de luz e glória assinalou o tempo da morte e ressurreição de Jesus, imortalizando a sagrada verdade de que Ele foi o Salvador do mundo. -- Primeiros Escritos, 196, 197. Pedro e João libertos da prisão VA 225 1 Pouco tempo após a descida do Espírito Santo, e imediatamente depois de um período de fervorosa oração, Pedro e João foram adorar no templo. Ali encontraram um pobre e desanimado paralítico. ... Os discípulos compadeceram-se dele. "Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!" Atos dos Apóstolos 3:4, 6. -- The Spirit of Prophecy 3:275, 276. VA 225 2 Ouvindo os saduceus, que não criam na ressurreição, os apóstolos declararem que Cristo ressuscitara dos mortos, ficaram enraivecidos, compreendendo que se aos apóstolos fosse permitido pregar um Salvador ressuscitado e operar milagres em Seu nome, a doutrina de que não haveria ressurreição seria rejeitada por todos e a seita dos saduceus logo se extinguiria. -- Atos dos Apóstolos, 78. VA 225 3 Alguns dos oficiais do templo e o capitão do mesmo eram saduceus. O capitão, com a ajuda de outros saduceus, prendeu os dois apóstolos e colocou-os na prisão, pois já era muito tarde para que seus casos fossem examinados naquela noite. -- The Spirit of Prophecy 3:278. VA 225 4 Satanás triunfou, e os anjos maus exultaram. Entretanto, os anjos de Deus foram enviados para abrir as portas da prisão e, contrariando o que haviam ordenado o sumo sacerdote e os anciãos, disseram aos apóstolos que voltassem ao templo e prosseguissem proferindo as palavras de vida. -- Spiritual Gifts 1:83, 84. VA 226 1 Nesse ínterim, "o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o conselho e a todos os anciãos dos filhos de Israel". Atos dos Apóstolos 5:21. Os sacerdotes e príncipes resolveram atribuir aos discípulos a acusação de insurreição, acusando-os do assassínio de Ananias e Safira e de conspiração para despojarem os sacerdotes de sua autoridade. ... VA 226 2 Quando mandaram trazer os prisioneiros a sua presença, grande foi o seu espanto ante a resposta de que as portas da prisão foram encontradas seguramente fechadas e a guarda estacionada perante elas, mas não se encontravam os prisioneiros em parte alguma. VA 226 3 Logo chegou a estranha notícia: "Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo. Então, foi o capitão com os servidores e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo)." Atos dos Apóstolos 5:25, 26. ... VA 226 4 Achando-se eles [Pedro e João] pela segunda vez perante os homens que pareciam empenhados em efetuar a sua destruição, nenhum temor ou hesitação se poderia divisar em suas palavras e atitudes. E quando o sumo sacerdote disse: "Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem", Pedro respondeu: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." Atos dos Apóstolos 5:28, 29. Foi um anjo do Céu que os livrou da prisão e os mandou ensinar no templo. -- Atos dos Apóstolos, 80-82. VA 226 5 Aqueles criminosos se enfureceram. Tiveram novamente o desejo de sujarem suas mãos de sangue, matando os apóstolos. Planejavam já como fazê-lo, quando um anjo de Deus foi enviado a Gamaliel, impressionando-o a aconselhar os sacerdotes e príncipes. Disse Gamaliel: "Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la, para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus." Atos dos Apóstolos 5:38, 39. VA 227 1 Os anjos maus sugeriam aos anciãos e sacerdotes que executassem os apóstolos; Deus, porém, enviou Seu anjo para evitar isso, fazendo erguer-se dentre as próprias fileiras do Sinédrio uma voz em favor dos discípulos. -- Spiritual Gifts 1:85. Filipe e o eunuco Etíope VA 227 2 Os anjos celestiais acompanham os que procuram por iluminação. Cooperam com os que buscam salvar almas para Cristo. Anjos ministram em favor dos que herdarão a salvação. Isso é demonstrado na experiência de Filipe e o etíope. -- Bible Echo and Signs of the Times, 10 de Dezembro de 1900. VA 227 3 Este etíope era homem de boa posição e grande influência. Deus viu que, quando se convertesse, proporcionaria a outros a luz que recebera, e exerceria forte influência em prol do evangelho. Anjos de Deus estavam auxiliando este inquiridor da luz, e ele estava sendo atraído para o Salvador. Pelo ministério do Espírito Santo, o Senhor o pôs em contato com quem o poderia guiar à luz. -- Vidas que Falam, 332. VA 227 4 Quando Deus designou a Filipe o seu trabalho, ... ele aprendeu que toda alma é preciosa à vista de Deus, e que anjos dirigem os agentes humanos para que levem luz aos que dela necessitam. Os anjos celestiais não assumem a obra de pregar o evangelho. Através da ministração dos anjos, Deus envia luz a Seu povo, e por intermédio desse povo a luz é outorgada ao mundo. -- Bible Echo and Signs of the Times, 10 de Dezembro de 1900. A conversão de Paulo VA 228 1 Ao viajar Saulo para Damasco, com cartas autorizando-o a prender homens e mulheres que estivessem pregando a Jesus, e levá-los para Jerusalém, os anjos maus exultaram em torno dele. Mas de repente uma luz do Céu brilhou ao redor dele, luz que levou os anjos maus a fugirem. -- Primeiros Escritos, 200. VA 228 2 No relato da conversão de Saulo, encontramos importantes princípios que devemos sempre ter em mente. Saulo foi levado diretamente à presença de Cristo. ... [Ele] embargou-lhe o caminho e convenceu-o do pecado; e quando Saulo perguntou: "Que queres que faça?" (Atos dos Apóstolos 9:6) o Salvador colocou o indagador judeu em contato com Sua igreja, para que obtivesse o conhecimento da vontade de Deus em relação a ele. ... VA 228 3 Enquanto em recolhimento na casa de Judas, Saulo continuava em oração e súplica, o Senhor apareceu em visão a "certo discípulo" em Damasco, "chamado Ananias", dizendo-lhe que Saulo de Tarso estava orando e necessitava de auxílio. "Levanta-te, e vai à rua chamada Direita", disse o mensageiro celestial, "e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando." Atos dos Apóstolos 9:10, 11. VA 228 4 Ananias mal podia crer nas palavras do anjo; pois a notícia da tenaz perseguição aos santos em Jerusalém tinha-se espalhado amplamente. ... VA 229 1 Obediente à orientação do anjo, Ananias saiu em busca do homem que ainda recentemente havia respirado ameaças contra todos os que criam no nome de Jesus; e colocando as mãos sobre a cabeça do penitente sofredor, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. VA 229 2 "E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado." Atos dos Apóstolos 9:17, 18. -- Atos dos Apóstolos, 120-122. Paulo deixa Damasco VA 229 3 Enquanto Paulo pregava a Cristo em Damasco, todos os que o ouviam ficavam admirados. ... A oposição tornou-se tão violenta que não foi permitido a Paulo continuar sua obra em Damasco. Um mensageiro do Céu ordenou-lhe retirar-se por algum tempo; e ele foi "para a Arábia" (Gálatas 1:17), onde encontrou um refúgio seguro. VA 229 4 Ali, na solidão do deserto, Paulo teve ampla oportunidade para sossegado estudo e meditação. ... Jesus comungou com ele e confirmou-o na fé, conferindo-lhe uma rica medida de sabedoria e graça. -- Atos dos Apóstolos, 124-126. VA 229 5 Os trabalhos de Paulo em Antioquia, em colaboração com Barnabé, fortaleceram-lhe a convicção de que o Senhor o havia chamado para uma obra especial pelos gentios. Por ocasião da conversão de Paulo, o Senhor declarara que ele devia ser ministro dos gentios "para lhes abrires os olhos", disse, "e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em Mim". Atos dos Apóstolos 26:18. O anjo que apareceu a Ananias dissera de Paulo: "Este é para Mim um vaso escolhido para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel." Atos dos Apóstolos 9:15. E o próprio Paulo, posteriormente em sua experiência cristã, quando orava no templo de Jerusalém, foi visitado por um anjo do Céu que lhe ordenou: "Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe." Atos dos Apóstolos 22:21. -- Atos dos Apóstolos, 159. Cornélio e Pedro VA 230 1 Mas o mesmo Santo Vigia que dissera de Abraão: "Eu o tenho conhecido" (Gênesis 18:19), conhecia também Cornélio, e lhe enviou uma mensagem direta do Céu. -- Atos dos Apóstolos, 133. VA 230 2 O anjo apareceu a Cornélio quando este se achava em oração. Ouvindo o centurião alguém a ele dirigir-se pelo nome, ficou atemorizado; todavia compreendeu que o mensageiro viera de Deus, e disse: "Que é, Senhor?" Atos dos Apóstolos 10:4. -- Atos dos Apóstolos, 133. VA 230 3 "Agora, pois, envia homens a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro. Ele está hospedado com um certo Simão, curtidor." Atos dos Apóstolos 10:5, 6. O anjo lhe deu informação precisa de onde Simão morava. Então o anjo do Senhor veio a Pedro, preparando-lhe a mente para a recepção dos homens. -- The Ellen G. White 1888 Materials, 1746. VA 231 1 Cornélio obedeceu alegremente à visão. Quando o anjo se foi, ele "chamou dois dos seus criados e a um piedoso soldado dos que estavam ao seu serviço. E, havendo-lhes contado tudo, os enviou a Jope". Atos dos Apóstolos 10:7, 8. O anjo não foi comissionado a contar a Cornélio a história da cruz. Um homem, tão sujeito às fragilidades e tentações humanas quanto o próprio centurião, deveria contar-lhe do crucificado e ressurreto Salvador. Em Sua sabedoria, o Senhor põe os que estão à busca da verdade em contato com outros seres humanos que a conhecem. -- The Review and Herald, 6 de Abril de 1911. VA 231 2 Imediatamente após a entrevista com Cornélio, o anjo foi em busca de Pedro, que nesse momento orava no terraço de seu alojamento em Jope. -- The Review and Herald, 13 de Abril de 1911. VA 231 3 Foi com relutância que Pedro levou a cabo a tarefa a ele designada pela ordem divina. Ao relatar sua experiência, não o fez defendendo sua ação com base em princípios gerais, e sim como uma exceção, em virtude da revelação divina. O resultado surpreendeu-o. Quando Cornélio lhe relatou sua própria experiência, inclusive as palavras do anjo que lhe aparecera em visão, Pedro declarou: "Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, O teme e faz o que é justo." Atos dos Apóstolos 10:34, 35. -- Manuscript Releases 6:328, 329. Pedro é libertado da prisão VA 231 4 O dia da execução de Pedro havia sido finalmente decidido; as orações dos crentes, entretanto, prosseguiam subindo ao Céu. Enquanto eles ocupavam todas as suas energias e sentimentos em fervorosos apelos, anjos de Deus guardavam o apóstolo aprisionado. ... Pedro foi posto entre dois soldados, preso nos punhos por duas correntes, e cada uma delas presa ao punho de um dos soldados. Era-lhe assim impossível mover-se sem que eles o percebessem. As portas da prisão foram fechadas com segurança, e uma forte guarda colocada diante delas. Toda e qualquer chance de resgate ou escape humanos havia sido eliminada. -- Redemption: or the Ministry of Peter and the Conversion of Saul, 70. VA 232 1 [Pedro] estava preso, esperando ser executado no dia seguinte. Aquela noite dormia "entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias". Atos dos Apóstolos 12:6, 7. VA 232 2 Pedro, subitamente despertado, extasiou-se com a claridade que inundava o cárcere, e a beleza celestial do mensageiro divino. Não compreendeu a cena, mas sabia que estava livre, e em sua estupefação e júbilo se teria retirado da prisão sem ter o cuidado de agasalhar-se do frio ar da noite. O anjo de Deus, notando todas as circunstâncias, disse-lhe com terna solicitude pelas necessidades do apóstolo: "Cinge-te e ata as tuas sandálias." Atos dos Apóstolos 12:8. VA 232 3 Pedro obedeceu mecanicamente; mas, tão embevecido estava diante da revelação daquela glória celestial, que não pensou em tomar a capa. Ordenou-lhe então o anjo: "Lança às costas a tua capa e segue-me. E, saindo, o seguia. E não sabia que era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma visão. E, quando passaram a primeira e segunda guarda, chegaram à porta de ferro que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma." Atos dos Apóstolos 12:8-10. -- Testemunhos Selectos 2:345, 346. VA 233 1 Não se troca uma palavra; não há ruído de passos. O anjo se move suavemente diante de Pedro, cercado de uma luz de deslumbrante brilho, e Pedro, desorientado, e julgando-se ainda em sonho, segue o seu libertador. Assim eles percorrem uma rua, e então, estando cumprida a missão do anjo, desaparece ele subitamente. VA 233 2 Dissipou-se a luz celestial, e a Pedro pareceu achar-se em profundas trevas; mas, acostumando-se-lhe os olhos, pareceram elas diminuir gradualmente, e ele se encontrou só na rua silenciosa, com o ar fresco da noite a soprar-lhe no rosto. Compreendeu então que estava livre, em uma parte da cidade que lhe era familiar; reconheceu o lugar como sendo um que freqüentara muitas vezes, e por onde esperara passar no dia seguinte pela última vez. ... VA 233 3 O apóstolo se encaminhou de pronto à casa onde seus irmãos estavam reunidos, e onde naquele momento se encontravam em oração fervorosa por ele. "E, batendo Pedro à porta do pátio, uma menina chamada Rode saiu a escutar. E, conhecendo a voz de Pedro, de alegria não abriu a porta, mas, correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta. E disseram-lhe: Estás fora de ti. Mas ela afirmava que assim era. E diziam: É o seu anjo." Atos dos Apóstolos 12:13-15. -- Atos dos Apóstolos, 147, 148. VA 234 1 O mesmo anjo que deixara as reais cortes do Céu para resgatar a Pedro do poder de seus perseguidores, foi o mensageiro de ira e juízo para Herodes. O toque do anjo em Pedro a fim de despertá-lo, foi, porém, diferente do golpe usado contra o malvado rei, fazendo sobrevir a este uma enfermidade mortal. -- The Spirit of Prophecy 3:344. O apedrejamento de Estêvão VA 234 2 Enquanto Estêvão fixava os olhos no Céu, foi-lhe dada uma visão da glória de Deus e anjos o cercaram. Ele exclamou: "Eis que vejo os Céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus." Atos dos Apóstolos 7:56. -- Spiritual Gifts 1:89. Os anjos durante o ministério de Paulo VA 234 3 Um extenso e lucrativo negócio havia-se desenvolvido em Éfeso pela manufatura e venda de nichos e imagens modelados segundo o templo e a imagem de Diana. Os que estavam empenhados nesta indústria sentiram que seus lucros estavam diminuindo, e foram unânimes em atribuir a indesejável mudança aos trabalhos de Paulo. ... VA 234 4 "Encheu-se de confusão toda a cidade." Atos dos Apóstolos 19:29. Saíram em busca de Paulo mas o apóstolo não foi encontrado. Seus irmãos, recebendo um aviso de perigo, tinham-no levado à pressa para fora do lugar. Anjos de Deus haviam sido enviados para guardar o apóstolo; ainda não havia chegado seu tempo para sofrer a morte de mártir. -- Atos dos Apóstolos, 292, 293. VA 235 1 Dia após dia, quando [Paulo e Silas] se dirigiam à reunião de oração [em Filipos], uma mulher possuída por espírito de adivinhação os seguia, gritando: "Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo." Atos dos Apóstolos 16:17. Esta mulher era uma agente especial de Satanás; assim como os demônios haviam-se sentido perturbados em presença de Cristo, o mau espírito que a possuía também se incomodou com a presença dos apóstolos. Satanás percebeu que seu reino estava sendo invadido e tratou de opor-se à obra dos ministros de Deus. As palavras de recomendação proferidas pela mulher, eram na verdade uma injúria à causa, pois distraíam a mente do povo das verdades proferidas. Em vez de pensar nas verdades apresentadas, as pessoas discutiam se esses homens -- que falavam movidos pelo Espírito e poder de Deus -- estariam agindo através do mesmo espírito desta emissária de Satanás. VA 235 2 Os apóstolos suportaram essa oposição por vários dias. Então Paulo, sob inspiração do Espírito de Deus, ordenou ao espírito mau que abandonasse a mulher. Satanás foi assim enfrentado e repreendido. O imediato e continuado silêncio da mulher testificou que os apóstolos eram servos de Deus, e que o demônio os reconhecia como tais, havendo obedecido à ordem recebida. Ao ser a mulher libertada do espírito do mal e restaurada a seu perfeito juízo, seus senhores se alarmaram. Findara-se a sua esperança de obter dinheiro através de adivinhações e predições. Perceberam que, se aos apóstolos fosse permitido prosseguir em suas obras, sua própria fonte de renda logo se extinguiria por completo. -- Sketches From the Life of Paul, 74, 75. VA 236 1 Depois de haver sido resgatada do espírito mau, a mulher tornou-se uma seguidora de Cristo. Seus senhores viram que sua esperança de ganho se fora. Tomando a Paulo e Silas, conduziram-nos à presença dos governadores, acusando-os de estarem perturbando a cidade. Produziu-se um alvoroço. A multidão ergue-se contra os apóstolos, e os juízes ordenaram que os prisioneiros fossem açoitados. -- The Review and Herald, 29 de Junho de 1905. VA 236 2 "Depois de lhes darem muitos açoites, os lançaram no cárcere, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança." Atos dos Apóstolos 16:23. Este, havendo recebido tal ordem, meteu-os na cela interior e prendeu-lhes os pés no tronco. Mas os anjos de Deus adentraram com os apóstolos os muros da prisão. -- Spiritual Gifts 1:95, 96. VA 236 3 Os apóstolos sofreram extrema tortura por causa da dolorosa posição em que foram postos, mas não murmuraram. Em vez disto, na densa escuridade e desolação do calabouço, encorajavam-se mutuamente com palavras de oração, e cantavam louvores a Deus por terem sido considerados dignos de sofrer vergonha por Sua causa. ... Com espanto ouviram os outros prisioneiros os sons de oração e hinos que saíam da prisão interior. -- Atos dos Apóstolos, 213, 214. VA 236 4 Embora os homens houvessem atuado de modo cruel e vingativo e as autoridades se houvessem demonstrado criminosamente negligentes no cumprimento de suas responsabilidades, Deus não Se esquecera de mostrar-Se gracioso para com Seus sofredores servos. Um anjo foi enviado do Céu para libertá-los. Ao aproximar-se ele da prisão romana, a terra tremeu sob seus pés, toda a cidade foi sacudida por um terremoto, e as paredes da prisão sacudiram como palha ao vento. As pesadas portas abriram-se; as cadeias e grilhões soltaram-se das mãos e pés de todos os prisioneiros. -- The Spirit of Prophecy 3:382, 383. VA 237 1 Ao apóstolo Paulo, em seus esforços em Éfeso, foi dada especial demonstração do favor divino. O poder de Deus acompanhava seus esforços, e muitos eram curados de males físicos. "E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam." Atos dos Apóstolos 19:11, 12. VA 237 2 Estas manifestações de poder sobrenatural eram tão mais poderosas que as que já haviam sido antes testemunhadas em Éfeso, e de tal caráter que as não podiam imitar os habilidosos truques ou encantamentos de feiticeiros. Ao serem esses milagres operados no nome de Jesus de Nazaré, tinha o povo oportunidade de ver que o Deus do Céu era mais poderoso que os mágicos adoradores da deusa Diana. Assim o Senhor exaltava Seu servo, mesmo diante dos idólatras, incomparavelmente acima do mais poderoso e favorecido dos mágicos. VA 237 3 Mas Aquele a quem estão sujeitos todos os espíritos do mal, e sobre os quais dera a Seus servos autoridade, estava para levar maior vergonha e ruína sobre os que desprezavam e profanavam Seu santo nome. A feitiçaria havia sido proibida pela lei mosaica, sob pena de morte, embora de tempos em tempos houvesse sido praticada secretamente por judeus apostatados. Ao tempo da visita de Paulo a Éfeso, havia na cidade "alguns dos exorcistas judeus, ambulantes", os quais vendo as maravilhas por ele [Paulo] operadas, "tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos". Atos dos Apóstolos 19:13. Uma tentativa foi feita por "sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes". Atos dos Apóstolos 19:14. Encontrando um homem possesso de demônio, disseram-lhe: "Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega." Atos dos Apóstolos 19:13. Porém "o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno e assenhoreando-se de dois, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa". Atos dos Apóstolos 19:13-16. ... VA 238 1 Fatos que haviam sido previamente encobertos foram agora trazidos à luz. Ao aceitarem o cristianismo, alguns crentes não haviam renunciado inteiramente as suas superstições. Ainda continuaram em certa medida a praticar a magia. Agora, convictos de seu erro, "muitos dos que tinham crido vinham, confessando e publicando os seus feitos". Atos dos Apóstolos 19:18. A boa obra se estendeu mesmo a alguns dos próprios feiticeiros; e "muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos". Atos dos Apóstolos 19:19. ... VA 238 2 Esses tratados de adivinhação continham regras e formas de comunicação com os espíritos do mal. Eram os regulamentos da adoração de Satanás -- regras para lhe solicitar auxílio e obter dele informações. -- Atos dos Apóstolos, 286-289. VA 238 3 Um relatório acerca do discurso de Demétrio circulou rapidamente. O alvoroço foi terrível. Toda a cidade [de Éfeso] parecia em comoção. Logo se reuniu enorme multidão, que se dirigiu de imediato ao local de trabalho de Áquila, no setor judaico, com a finalidade de aprisionar a Paulo. Em sua ira insana estavam dispostos a despedaçá-lo. Mas o apóstolo não foi encontrado. Seus irmãos, havendo recebido informações quanto ao perigo iminente, o haviam retirado do local. Anjos de Deus foram enviados para proteger o fiel apóstolo. -- Sketches From the Life of Paul, 143. VA 239 1 Testemunhando sacerdotes e príncipes o efeito da narração da experiência de Paulo, encheram-se de ódio contra ele. Viram que ele ousadamente pregava a Jesus e operava milagres em Seu nome, que multidões o ouviam e viravam as costas a suas tradições e olhavam para os líderes judeus como os assassinos do Filho de Deus. Sua ira se acendeu e eles se aconselharam quanto ao que seria melhor fazer para reduzir a agitação. Concordaram entre si que a única conduta acertada era levar Paulo à morte. Mas Deus conhecia suas intenções, e anjos foram comissionados para guardá-lo, a fim de que ele vivesse para cumprir a sua missão. -- Primeiros Escritos, 202. VA 239 2 Esta parte da história foi escrita para nossa admoestação, para quem o fim dos tempos é chegado. Os efésios pretendiam manter contato com seres invisíveis, dos quais obtinham o conhecimento do que estava por vir. Em nossos dias tal comunicação é conhecida como espiritismo, e nem tudo o que os médiuns praticam é prestidigitação, astúcia e engano. Os mundos visível e invisível acham-se em íntimo contato. Satanás é o enganador-mestre, e seus confederados no mal são por ele treinados a operarem na mesma linha em que ele atua. Diz o apóstolo: "Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau." Efésios 6:12, 13. -- The Youth's Instructor, 16 de Novembro de 1893. VA 240 1 O idoso prisioneiro [Paulo], amarrado por correntes ao soldado que o guardava, nada apresentava em sua vestimenta ou aparência que chamasse a atenção do mundo, que lhe valesse homenagens. Ainda assim este homem, aparentemente sem riquezas, amigos ou posição, tinha uma escolta que os mundanos não podiam perceber. Anjos do Céu eram seus assistentes. Houvesse a glória de apenas um destes resplandecentes mensageiros se tornado manifesta, a pompa e orgulho da realeza teriam empalidecido; rei e cortesãos teriam sido lançados ao solo. ... Todo o Céu estava interessado neste único homem, agora mantido como prisioneiro em virtude de sua fé no Filho de Deus. -- Sketches From the Life of Paul, 254. O cerco de Jerusalém VA 240 2 A paciência de Deus para com Jerusalém tão-somente confirmou os judeus em sua obstinada impenitência. Em seu ódio e crueldade contra os discípulos de Jesus, rejeitaram a última oferta de misericórdia. Deus retirou, então, a Sua proteção de sobre a nação, removendo o poder restritivo que exercera sobre Satanás e seus anjos, de modo que ela foi deixada sob o controle do líder que escolhera. Seus filhos haviam desprezado a graça de Cristo, a qual teria sido capaz de habilitá-los a subjugar seus maus impulsos, de modo que agora estes se tornaram seus governantes. VA 241 1 Satanás despertou na alma desse povo as mais ferozes e baixas paixões. Os homens não raciocinavam; colocaram-se além da razão, controlados pelo impulso e ira cega. Tornaram-se satânicos em sua crueldade. ... Satanás estava à frente da nação, e as mais elevadas autoridades civis e religiosas achavam-se sob o seu poder. -- The Spirit of Prophecy 4:29, 30. VA 241 2 Anjos de Deus foram enviados para operar a obra de destruição [do templo], de modo que não ficasse pedra sobre pedra. -- Manuscript Releases 21:66. João, o revelador VA 241 3 De Gabriel, diz o Salvador em Apocalipse: "Pelo Seu anjo as enviou e as notificou a João, Seu servo." Apocalipse 1:1. E a João o anjo declarou: "Eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas." Apocalipse 22:9. Maravilhoso pensamento -- que o anjo que ocupa, em honra, o lugar logo abaixo do Filho de Deus, é o escolhido para revelar os desígnios de Deus a homens pecadores. -- O Desejado de Todas as Nações, 99. VA 241 4 Deus tinha uma obra especial para [João] desenvolver. Satanás determinara-se a atrapalhar esse trabalho, levando seus agentes a tentar destruir o apóstolo. Deus, contudo, enviou o Seu anjo e preservou-o maravilhosamente. Todos os que testemunharam o grande poder de Deus na preservação de João, ficaram pasmados, e muitos convenceram-se de que Deus estava com ele, e que o testemunho que ele apresentava de Jesus, era correto. Aqueles que tentaram destruí-lo, temeram efetuar nova tentativa de tirar-lhe a vida, de modo que lhe foi permitido sofrer por Jesus. VA 242 1 Foi falsamente acusado por seus inimigos e imediatamente desterrado para uma ilha deserta. Ali o Senhor lhe enviou Seu anjo para revelar-lhe as coisas que ainda deveriam acontecer na Terra, bem como o estado da igreja desde aqueles dias até o fim. Mostrou-lhe o que aconteceria com a igreja se esta apostatasse, e como triunfaria finalmente se se mantivesse fiel a Deus. VA 242 2 O anjo celestial apareceu a João em majestade, com a excelente glória do Céu refletida em seu rosto. Revelou a João cenas de profundo e maravilhoso interesse concernentes à igreja de Deus, e apresentou diante dele os perigosos conflitos que teria de suportar. João a viu passar por atrozes provações, embranquecendo-se e purificando-se, e por fim vitoriosa e triunfante, gloriosamente salva no reino de Deus. A face do anjo iluminou-se de regozijo e tornou-se excessivamente gloriosa, ao mostrar ele a João o final triunfo da igreja de Deus. VA 242 3 João ficou deslumbrado ao contemplar o final livramento da igreja, e ao ser conduzido a participar da glória desta cena, sentiu profundo temor e reverência, caindo aos pés do anjo para adorá-lo. O anjo fê-lo erguer-se instantaneamente, reprovando-o com brandura, ao lhe dizer: "Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia." Apocalipse 19:10. VA 242 4 O anjo mostrou então a João a cidade celestial com todo o seu esplendor e deslumbrante glória. João sentiu-se enlevado e dominado pela glória da cidade. Não conseguiu conservar em mente a anterior reprovação do anjo, caindo outra vez a seus pés para adorá-lo; uma vez mais o anjo reprovou-o, dizendo: "Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus." Apocalipse 22:9. -- Spiritual Gifts 1:130, 131. VA 243 1 Cristo, o mensageiro real, visitou João na pequena ilha e lhe deu as mais extraordinárias revelações de Si mesmo. -- The Signs of the Times, 3 de Março de 1890. VA 243 2 O poderoso anjo [de Apocalipse 10], que instruiu João, era ninguém menos que Jesus Cristo. Colocando o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre terra seca, mostrou a parte que está executando nas cenas finais da grande controvérsia com Satanás. Esta posição denota Seu supremo poder e autoridade sobre toda a Terra. A controvérsia tem-se tornado mais intensa e mais determinada de tempos em tempos, e assim prosseguirá até as últimas cenas, quando a obra magistral dos poderes das trevas atingirá o cume. Satanás, unido a homens maus, enganará toda a Terra e as igrejas que não receberem o amor da verdade. Mas o poderoso Anjo requer atenção. Grita com grande voz. Demonstrará o poder e autoridade de Sua voz a todos os que se uniram a Satanás na oposição à verdade. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:971. Os anjos na idade média VA 243 3 No século treze foi estabelecida a mais terrível de todas as armadilhas do papado -- a inquisição. O príncipe das trevas trabalhava com os dirigentes da hierarquia papal. Em seus concílios secretos, Satanás e seus anjos dirigiam a mente de homens maus, enquanto, invisível entre eles, estava um anjo de Deus, fazendo o tremendo relatório de seus iníquos decretos e escrevendo a história de ações por demais horrorosas para serem desvendadas ao olhar humano. -- O Grande Conflito, 59. A reforma protestante VA 244 1 O estandarte do chefe da sinagoga de Satanás foi erguido bem alto, e o erro aparentemente marchou em triunfo, e os reformadores, por meio da graça que lhes foi dada por Deus, travaram bem-sucedida peleja contra os exércitos das trevas. Foram-me apresentados acontecimentos na história dos reformadores. Sei que o Senhor Jesus e Seus anjos observaram com intenso interesse a batalha contra o poder de Satanás, o qual juntou seus exércitos com homens maus, a fim de extinguir a luz divina. -- Mensagens Escolhidas 3:110. Lutero VA 244 2 Um dia, enquanto examinava os livros da biblioteca da universidade, Lutero descobriu uma Bíblia em latim. ... Com mistos sentimentos de reverência e assombro, abriu as sagradas páginas. Com o pulso acelerado e o coração exultante, leu com seus próprios olhos as palavras de vida, detendo-se freqüentemente para exclamar: "Oh, se Deus me permitisse ter minha própria Bíblia!" Anjos do Céu estavam ao seu lado, e raios de luz do trono de Deus revelaram os tesouros da verdade a seu entendimento. -- The Spirit of Prophecy 4:96. VA 245 1 Quando os inimigos apelavam à tradição e aos costumes, ou à autoridade do papa, Lutero os enfrentava com a Bíblia, e a Bíblia somente. Aqui estavam argumentos que eles não conseguiam discutir; portanto, estes escravos do formalismo clamavam por seu sangue. ... Todavia, Lutero não caiu presa de sua fúria; Deus tinha uma obra para ele, e os anjos do Céu foram enviados para protegê-lo. -- The Spirit of Prophecy 4:108, 109. VA 245 2 Aqui estava um homem solitário, que ousara suscitar a ira dos sacerdotes e do povo. Foi convocado a Augsburgo para responder por sua fé, e obedeceu. Ali estava ele, firme e decidido, ante aqueles que faziam tremer o mundo -- um meigo cordeiro diante de furiosos leões. Ainda assim, por amor da verdade e de Cristo, permaneceu em pé, inamovível. Com santa eloqüência, que somente a verdade pode inspirar, apresentou as razões de sua fé. Procuraram de várias formas fazer silenciar o destemido defensor da verdade. Bajularam-no e lhe ofereceram favores; ele seria exaltado e honrado. Entretanto, a vida e honras eram sem valor para ele, se o preço a pagar fosse o sacrifício da verdade. VA 245 3 A Palavra de Deus brilhou ainda mais clara em sua mente, dando-lhe uma vívida percepção dos erros, corrupções e hipocrisia do papado. Seus inimigos buscaram intimidá-lo e lhe exigiram que renunciasse à fé, mas ele manteve-se firme em defesa da verdade. Estava disposto a morrer pela fé, se Deus assim o requeresse. Abandoná-la, porém... nunca! Deus lhe preservou a vida. Enviou anjos para lhe prestarem assistência, fazendo-o atravessar o tormentoso conflito sem sofrer qualquer dano, e assim frustrando os propósitos de seus irados inimigos. -- Spiritual Gifts 4b:118, 119. VA 246 1 Houvessem sido abertos os olhos dos que participavam da assembléia [em Worms], teriam eles contemplado os anjos de Deus em seu meio, lançando raios de luz para dissipar as trevas do erro e para abrir as mentes e corações à recepção da verdade. -- The Spirit of Prophecy 4:124. Melâncton VA 246 2 [O reformador Simão] Grynaeus havia mantido boas relações com um eminente professor católico; contudo, depois de escutar um de seus sermões, que lhe causou impacto negativo, exortou-o a não mais lutar contra a verdade. O professor dissimulou sua irritação, mas imediatamente dirigiu-se ao rei e obteve a autorização para prender o protestante. Quando Melâncton retornou ao lar, foi informado de que após sua partida as autoridades haviam revistado a casa de alto a baixo, em busca de Grynaeus. Melâncton sempre acreditou que o Senhor havia salvado o amigo enviando um de Seus santos anjos para avisá-lo do perigo. -- The Spirit of Prophecy 4:164, 165. Os pais peregrinos VA 246 3 Em meio de exílio e dificuldades [dos pais peregrinos], cresciam o amor e a fé. Confiavam nas promessas do Senhor, e Ele não faltava com elas no tempo de necessidade. Seus anjos estavam a seu lado, para animá-los e ampará-los. E, quando a mão de Deus pareceu apontar-lhes através do mar uma terra em que poderiam fundar para si um Estado e deixar a seus filhos o precioso legado da liberdade religiosa, seguiram eles, sem temer, pela senda da Providência. -- O Grande Conflito, 291. Os três anjos de Apocalipse 14 VA 247 1 Cristo virá segunda vez com poder para salvar. Tendo em vista preparar os seres humanos para esse evento, enviou Ele as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos. Estes anjos representam aqueles que recebem a verdade e com poder abrem o evangelho diante do mundo. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:978, 979. Guilherme Miller VA 247 2 Vi que Deus havia enviado Seu anjo para trabalhar no coração de um agricultor [Guilherme Miller] que até então não havia crido na Bíblia, levando-o a pesquisar as profecias. Anjos de Deus visitaram repetidamente este homem escolhido e guiaram sua mente, abrindo-lhe o entendimento às profecias que sempre haviam sido obscuras para o povo de Deus. Foi-lhe concedido o começo da cadeia da verdade, cabendo-lhe buscar elo após elo da mesma, até sentir admiração e assombro pela Palavra de Deus. ... VA 247 3 Anjos de Deus acompanharam Guilherme Miller em sua missão. Ele era firme e decidido. Proclamou destemidamente a mensagem. ... Embora enfrentando a oposição de cristãos professos e do mundo, e perseguido por Satanás e seus anjos, não deixou de anunciar o evangelho eterno às multidões, onde quer que fosse convidado, fazendo ouvir o clamor: "Temei a Deus e dai-Lhe glória, porque vinda é a hora do Seu juízo." Apocalipse 14:7. -- Spiritual Gifts 1:128, 132. VA 248 1 O instigador de todo mal procurava não somente contrariar o efeito da mensagem do advento, mas destruir o próprio mensageiro. Miller fazia aplicação prática da verdade das Escrituras ao coração de seus ouvintes, reprovando-lhes os pecados e perturbando-lhes a satisfação própria; e suas palavras claras e incisivas despertaram inimizade. A oposição manifestada pelos membros da igreja à sua mensagem, animava as classes inferiores a irem mais longe; e conspiraram alguns dos inimigos para tirar-lhe a vida quando saísse do local da reunião. Santos anjos, porém, estavam na multidão, e um deles, certa vez, sob a forma de homem, tomou o braço desse servo do Senhor e pô-lo a salvo da turba enfurecida. -- O Grande Conflito, 336, 337. VA 248 2 Muitos pastores não aceitaram, eles próprios, a salvadora mensagem, e por vezes criavam obstáculo aos que a aceitavam. O sangue de almas repousa sobre eles. Pregadores e povo uniram-se na oposição à mensagem do Céu. Perseguiram Guilherme Miller e os que a ele se uniram no trabalho. Falsidades foram postas a circular para prejudicar-lhe a influência. Em diferentes ocasiões, depois de haver declarado com franqueza o conselho de Deus, aplicando cortantes verdades ao coração de seus ouvintes, grande ira ergueu-se contra ele e, ao deixar o local das reuniões, pessoas o seguiram para matá-lo. Não obstante, anjos de Deus foram enviados para lhe preservar a vida, retirando-o em segurança de entre a furiosa turba. -- Spiritual Gifts 1:136. ------------------------Capítulo 19 -- Os anjos na experiência de Ellen White O chamado de Ellen para ser profetisa VA 249 1 Enquanto eu estava orando junto ao altar da família, o Espírito Santo me sobreveio, e pareceu-me estar subindo mais e mais alto da escura Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: "Olha novamente, e olha um pouco mais para cima." Com isto olhei mais para o alto e vi um caminho reto e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. Tinham uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual um anjo me disse ser o "clamor da meia-noite". Essa luz brilhava em toda extensão do caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que assim não tropeçassem. Se conservavam o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os para a cidade, estavam seguros. -- Primeiros Escritos, 14. VA 249 2 À idade de dezessete anos... um visitante celestial apareceu e falou-me, dizendo: "Tenho uma mensagem para você apresentar." "Por que a mim?", pensei, "deve haver um grande equívoco em tudo isso." Outra vez foram proferidas as palavras: "Tenho uma mensagem para você apresentar. Escreve para o povo o que Eu te tenho dado." -- Sermons and Talks 2:252. A Arca do concerto no céu VA 250 1 O Senhor, porém, me deu uma visão do santuário celestial, em que o templo de Deus foi aberto no Céu, e foi-me mostrada a arca de Deus coberta com o propiciatório. Em cada extremidade da arca havia um anjo com as asas estendidas sobre o propiciatório e a face voltada para ele. Isso, informou-me o meu anjo assistente, representa todo o exército celestial olhando com reverente temor para a lei divina, que foi escrita com o dedo de Deus. -- Vida e Ensinos, 85. VA 250 2 A arca do santuário terrestre foi construída segundo o modelo da arca no santuário celestial. Ali, ao lado da arca celestial, estão em pé anjos viventes, cada um deles cobrindo com uma das asas, dirigida para o alto, o propiciatório, enquanto com as outras asas cobrem o corpo em sinal de reverência e humildade. -- The Signs of the Times, 24 de Junho de 1880. VA 250 3 Oh, se todos pudessem contemplar o nosso Salvador como Ele realmente é, um Salvador! Que Sua mão abra o véu que oculta Sua glória de nossos olhos. Aparece Ele em Seu santo e elevado lugar. O que vemos? Nosso Salvador não está em silêncio e inatividade. Acha-Se cercado de inteligências celestes, querubins e serafins, dezenas e dezenas de milhares de anjos. VA 250 4 Todos estes seres celestiais têm um objeto de seu supremo interesse, colocado acima de todos os outros -- a igreja de Deus num mundo corrupto. ... Estão trabalhando para Cristo sob Sua comissão, para salvar no mais completo grau a todos os que olham para Ele, nEle crendo. Tais agentes celestiais são velozes em sua missão. ... Encontram-se unidos numa santa aliança, numa grande e sublime unidade de propósito, para mostrar o poder, a compaixão, o amor e a glória do crucificado e ressurreto Salvador. VA 251 1 Em seu serviço, estes exércitos celestiais ilustram o que a igreja de Deus deveria ser. Cristo está operando em seu favor nas cortes celestes, enviando Seus mensageiros a todas as partes do globo, para prestarem assistência a todo sofredor que olha para Ele em busca de alívio, de vida espiritual e de conhecimento. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:967, 968. Satanás antes da queda e como é agora VA 251 2 Satanás foi outrora um honrado anjo no Céu, o primeiro depois de Cristo. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. Sua testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, seu porte nobre e majestoso. -- Primeiros Escritos, 145. VA 251 3 Foi-me então mostrado Satanás como havia sido: um anjo feliz e elevado. Em seguida ele foi-me mostrado como se acha agora. Ainda tem formas régias. Suas feições ainda são nobres, pois é um anjo, ainda que decaído. Mas a expressão de seu rosto está cheia de ansiedade, cuidados, infelicidade, maldade, ódio, nocividade, engano e todo mal. Aquele semblante que fora tão nobre, notei-o particularmente. Sua fronte, logo acima dos olhos, começava a recuar. Vi que ele se havia degradado durante tanto tempo que toda boa qualidade se rebaixara, e todo mau traço se desenvolvera. Seu olhar era astuto e dissimulado, e mostrava grande penetração. Sua constituição era ampla; mas a carne lhe pendia frouxamente nas mãos e no rosto. Quando o vi, apoiava o queixo sobre a mão esquerda. Parecia estar em profundos pensamentos. Tinha um sorriso no rosto, o qual me fez tremer, tão cheio de maldade e dissimulação satânica era ele. Este sorriso é o que ele tem precisamente antes de segurar sua vítima; e, ao fixá-la em sua cilada, tal sorriso se torna horrível. -- Primeiros Escritos, 152, 153. Anjos vistos por Ellen White em visões e sonhos VA 252 1 Sonhei que vários irmãos da Califórnia se reuniram em concílio, considerando o melhor plano de trabalho para o próximo período. Alguns criam que seria melhor deixar as grandes cidades e trabalhar em lugares menores. Meu esposo insistia fervorosamente que planos mais amplos fossem apresentados, e esforços mais intensos empreendidos, pois estes estariam mais de acordo com o caráter de nossa mensagem. VA 252 2 Apareceu então no concílio um jovem que eu vira freqüentemente em meus sonhos. Ouviu com intenso interesse as palavras que eram proferidas. Depois, falando com deliberada e firme confiança, disse: VA 252 3 "As cidades e povoados constituem parte da vinha do Senhor. Precisam ouvir a mensagem de advertência. O inimigo da verdade está empreendendo esforços desesperados para conduzir o povo da verdade de Deus para a falsidade. ... Vocês precisam semear junto a todas as águas." -- Life Sketches of Ellen G. White, 208. VA 252 4 Em meu trabalho, estou em comunicação com auxiliares, e também me comunico intimamente com meu Instrutor e outras inteligências celestiais. Aqueles que são chamados por Deus devem estar em contato com Ele através da operação do Seu Santo Espírito, para que possam ser ensinados por Ele. -- Spalding and Magan Collection, 462. VA 253 1 Enquanto viajava de carruagem, não pude sentar. Meu esposo preparou-me uma cama sobre o assento, e deitei-me sentindo dores de cabeça e sobre o coração. ... VA 253 2 Nesse estado de espírito dormi e sonhei que um anjo alto ficou de pé ao meu lado, perguntando-me por que eu me encontrava triste. Relatei-lhe os pensamentos que me haviam perturbado, dizendo: "Pouco bem estou conseguindo realizar; por que não podemos ficar com nossos filhos, desfrutando de sua companhia?" Ele me disse: "Deus lhe deu duas belas flores, cuja fragrância é tão doce como incenso diante dEle, e elas são mais preciosas à Sua vista do que ouro ou prata, pois representam uma dádiva do coração. Nenhum outro sacrifício toca fibras mais íntimas. Você não deveria ver as aparências atuais, antes manter o olhar fixo em seu dever e na glória de Deus, seguindo as providências que Ele prepara, e assim o caminho se alargará diante de você. Cada ato de abnegação, cada sacrifício é fielmente registrado, e trará consigo a recompensa." -- Spiritual Gifts 2:129, 130. VA 253 3 Sonhei que um jovem de nobre aparência entrou no quarto em que eu estava, imediatamente depois de haver eu falado. Esta mesma pessoa aparecera diante de mim em importantes sonhos, instruindo-me de tempos em tempos durante os últimos vinte e seis anos. Disse ele: "Você tem chamado a atenção do povo para importantes assuntos, os quais, para muitos, são estranhos e novos. Para alguns, são eles muitíssimo interessantes. Os que operam na verdade e doutrina têm feito o que podem na apresentação da verdade, o que tem levantado perguntas na mente das pessoas e despertado interesse. Entretanto, a menos que seja empreendido um esforço mais consistente para fixar essas impressões nas mentes, os esforços que vocês agora realizam demonstrar-se-ão infrutíferos." -- The Review and Herald, 4 de Novembro de 1875. VA 254 1 Diante das perguntas que muitas vezes me são dirigidas, no tocante ao meu estado em visão e imediatamente após as mesmas, posso dizer que quando o Senhor julga por bem conceder-me uma visão, sou levada à presença de Jesus e dos anjos, e perco inteiramente de vista as coisas terrestres. Não consigo ver nada além daquilo que o anjo me indica. -- Spiritual Gifts 2:292. A batalha de Manassas VA 254 2 Tive uma visão da desastrosa batalha de Manassas, Virgínia. Foi uma cena tensa e nervosa. Os exércitos do Sul tinham tudo em seu favor e preparavam-se para um luta terrível. Os exércitos do Norte movimentavam-se triunfantes, não duvidando de que seriam vitoriosos. Muitos marchavam orgulhosos e displicentes, como se a vitória já lhes pertencesse. Chegando ao campo de batalha, muitos já estavam quase desmaiando em virtude do cansaço e falta de água. Não esperavam um enfrentamento tão feroz. Entraram na peleja e lutaram bravamente, quase com desespero. Mortos e moribundos espalhavam-se de ambos os lados. Tanto o Norte quanto o Sul tiveram muitas baixas. Os soldados do Sul começaram a sentir o rigor da batalha, e em pouco tempo haveriam retrocedido ainda mais. Os homens do Norte avançavam, embora suas baixas fossem enormes. VA 255 1 Justamente nesse momento desceu um anjo, movimentando as mãos, indicando "para trás". Instantaneamente houve grande confusão nas fileiras. Pareceu aos homens do Norte que suas tropas estavam em retirada, quando em realidade não era isso que estava ocorrendo. Isso precipitou a retirada das tropas. -- Testimonies for the Church 1:266, 267. O administrador da clínica VA 255 2 Em meus sonhos, estava eu na [Clínica] Health Retreat. Meu guia ordenou-me tomar nota de tudo que eu ouvisse e observar tudo o que visse. Achava-me eu num lugar retirado, onde não podia ser percebida, mas me era possível ver tudo o que ocorria no compartimento. Pessoas estavam acertando contas com você e se queixavam diante das grandes somas cobradas por alojamento, honorários e tratamentos. Ouvi quando você, com voz firme e decidida, recusou diminuir os valores. Fiquei perplexa ao ver quão altas eram as somas. Você parecia ter o poder controlador. VA 255 3 Vi que sua maneira de agir causava uma impressão desfavorável acerca da instituição, na mente dos que estavam acertando contas. Ouvi alguns de seus irmãos implorando-lhe que agisse de modo mais sábio e justo, mas você mantinha-se firme como uma rocha em seu procedimento. Dizia que fazia aquilo tendo em mente o bem da instituição. Vi, entretanto, pessoas saindo da clínica nem um pouco satisfeitas. ... VA 255 4 Durante a noite vi você em companhia da supervisora da instituição. A julgar pelas atenções que concederam um ao outro, dir-se-ia tratar-se de esposo e esposa. A conduta de ambos era errada à vista de Deus, e meu coração entristeceu-se por estas coisas. Perguntei: "Quem os seduziu para desobedecerem à verdade?" Deus Se desagradou. Vocês entristeceram o Espírito Santo. A irmã H_____ jamais voltará a ser o que era. Ambos são culpados diante de Deus. ... VA 256 1 As coisas que ocorreram... [na clínica] foram abertas diante de mim. Uma voz disse: "Siga-me, e eu lhe mostrarei os pecados que são praticados pelos que ocupam posição de responsabilidade." Percorri os aposentos e vi você, um vigia sobre os muros de Sião, demonstrando excessiva intimidade com a esposa de outro homem, traindo sagrados encargos e crucificando novamente o Salvador. Porventura levou você em conta que um Vigia, o Santo, testemunhava toda a sua má obra, observando suas ações e ouvindo as suas palavras, e que tais coisas se acham registradas nos livros do Céu? -- Manuscript Releases 8:315 a 317. A família Brown VA 256 2 O anjo de Deus disse: "Segue-me." Eu parecia estar num quarto de um rudimentar edifício, e ali diversos jovens jogavam cartas. Pareciam estar muito enlevados na diversão em que se achavam empenhados e estavam tão absortos que não perceberam que alguém entrou no aposento. Havia moças presentes que observavam os jogadores, e eram proferidas palavras de índole não muito refinada. Havia nesse aposento um espírito e uma influência que não eram de molde a purificar e elevar a mente e enobrecer o caráter. ... VA 256 3 Indaguei: "Quem são estes, e o que representa esta cena?" VA 257 1 Foi dada a ordem: "Espere."... VA 257 2 Tive outra representação. Havia a ingestão de bebidas alcoólicas, e as palavras e ações sob sua influência não eram nada favoráveis a pensamentos sérios, clara percepção no âmbito dos negócios, moral pura e elevação dos participantes. ... VA 257 3 Perguntei novamente: "Quem são estes?" VA 257 4 A resposta foi: "Uma parte da família que você está visitando. O adversário das almas, o grande inimigo de Deus e do homem, o chefe de principados e potestades e o dominador deste mundo tenebroso está presidindo aqui hoje à noite. Satanás e seus anjos, com suas tentações, estão arrastando essas pobres almas a sua própria ruína." -- Mensagens Escolhidas 3:41, 42. N. D. Faulkhead e o sinal secreto VA 257 5 O irmão Faulkhead pediu para ver-me. O fardo de seu caso estava em minha mente. Eu lhe disse que tinha uma mensagem para ele e sua esposa, a qual por diversas vezes eu me preparara para enviar-lhes, mas fora proibida pelo Espírito do Senhor de fazê-lo. Pedi-lhe que marcasse uma hora em que pudesse receber-me. Ele respondeu: "Estou contente de que a senhora não me haja enviado uma comunicação escrita. Prefiro ouvir a mensagem de seus lábios. Houvesse ela me alcançado de qualquer outro modo, penso que não me haveria produzido nenhum benefício." Perguntou então: "Por que não me apresenta a mensagem agora?" Eu lhe disse: "Pode permanecer para ouvi-la?" Ele me assegurou que sim. VA 257 6 Sentia-me demasiado cansada, pois havia participado dos serviços de encerramento do ano escolar nesse dia. Ergui-me da cama em que estivera repousando e por três horas li a ele o testemunho. Seu coração foi tocado, havia lágrimas em seus olhos, e quando parei de ler, ele me disse: "Aceito cada palavra; tudo isso diz respeito a mim." Muito daquilo que eu lera referia-se ao escritório de publicações [Echo], desde o seu início. O Senhor também me revelara a ligação do irmão Faulkhead com a maçonaria, declarando claramente que se ele não rompesse os laços com estas associações, estaria perdendo sua alma. VA 258 1 Ele disse: "Aceito a luz que o Senhor enviou por seu intermédio. Agirei de acordo com ela. Sou membro de cinco lojas, e três outras estão sob meu controle. Realizo todas as suas operações. Não mais participarei de seus encontros, e tratarei de encerrar minhas ligações comerciais com elas tão rápido quanto possível." Repeti a ele as palavras proferidas por meu guia, no tocante a essas associações. Fazendo um certo movimento que meu guia me apresentara, eu disse: "Não consigo relatar tudo que me foi dito." VA 258 2 O irmão Faulkhead relatou ao irmão Daniells e a outros que eu fizera um sinal particular, conhecido apenas pela mais alta ordem da maçonaria, à qual ele passara recentemente a pertencer. Ele disse que eu não conhecia o sinal e nem me apercebera de havê-lo realizado. Isto representou para ele especial evidência de que o Senhor estava operando por meu intermédio para salvá-lo. -- Manuscript Releases 5:148, 149. Presença angélica enquanto Ellen White estava desperta VA 258 3 Quando despertei e olhei pela janela, percebi duas nuvens brancas. Dormi novamente; e em sonhos, ouvi estas palavras dirigidas a mim: "Olhe estas nuvens. Foram nuvens como estas que envolveram a multidão angélica que proclamou aos pastores o nascimento do Redentor do mundo." Quando acordei e olhei outra vez pela janela da carruagem, ali estavam duas grandes nuvens, brancas como neve. Eram nuvens separadas, distintas, que se aproximaram uma da outra e por um momento se uniram, para novamente se separarem. Elas não desapareceram, antes permaneceram à minha vista durante a manhã. Ao meio-dia mudamos de carruagem e não mais vi as nuvens. VA 259 1 Durante o dia estive profundamente impressionada com o pensamento de que os anjos de Deus, envoltos por estas nuvens, iam à nossa frente; de que podíamos regozijar-nos com o seu cuidado e também desfrutar da segurança de que veríamos a salvação de Deus nas reuniões que iriam ser realizadas em Brisbane. E agora que as reuniões se encerraram e pudemos ver o maravilhoso interesse revelado pelas pessoas, estou mais segura do que nunca de que os anjos celestes estavam envolvidos por aquelas nuvens -- anjos que foram enviados das cortes do alto para tocar no coração das pessoas, para restringir influências causadoras de distração, que por vezes atingem nossas campais, por intermédio das quais as mentes são desviadas da consideração das verdades vitais que são diariamente apresentadas. VA 259 2 Nessas reuniões, milhares ouviram o convite do evangelho e ouviram as verdades que nunca antes haviam escutado. Durante todas as reuniões não ocorreu cerrada oposição ou expressões em voz alta por parte dos que se opõem à lei de Deus. Tampouco ouvimos oposição pública através da cidade. Esta é uma experiência incomum, e cremos que os anjos de Deus estiveram presentes para manter na retaguarda os poderes das trevas. -- The Review and Herald, 21 de Março de 1899. VA 260 1 Eu estava sofrendo de reumatismo no lado esquerdo, e não podia repousar de dor. Dava voltas na cama, em busca de alívio para o sofrimento. Sentia no coração uma dor que nada de bom me predizia. Por fim, adormeci. VA 260 2 Por volta das nove e meia da noite procurei virar-me e, ao fazê-lo, percebi que não sofria mais dor alguma. Ao dar voltas de um para outro lado, e mexer as mãos, sentia liberdade e ligeireza extraordinárias que não posso descrever. O quarto estava inundado de luz, uma luz maravilhosa, suave e azulada, e me parecia estar nos braços de seres celestes. VA 260 3 Eu tinha desfrutado, anteriormente, essa luz singular, em momentos de bênção especial, mas dessa vez ela era mais distinta, mais impressionante, e senti tanta paz, uma paz tão plena e abundante que não há palavras para descrevê-la. Sentei-me e vi que estava circundada de uma nuvem brilhante, branca como neve, e de bordas cor rosa escura. Enchia o ar uma música maviosa e suave, em que reconheci o cântico dos anjos. Falou-me, então, uma voz, dizendo: "Não temas; Eu sou o teu Salvador. Santos anjos te rodeiam." -- Testemunhos Selectos 3:315, 316. ------------------------Capítulo 20 -- Os anjos na crise final Aparecerão anjos bons e maus VA 261 1 Agentes satânicos sob forma humana tomarão parte neste último grande conflito, para opor-se à edificação do reino de Deus. Anjos celestiais em aparência humana também estarão no campo de ação. Os dois partidos antagônicos prosseguirão existindo até o encerramento do último grande capítulo da história deste mundo. -- The Review and Herald, 5 de Agosto de 1909. VA 261 2 Satanás utilizará cada oportunidade para induzir os homens a apartar-se de seu concerto com Deus. Ele e os anjos que com ele caíram aparecerão na Terra como homens, procurando enganar. Os anjos de Deus igualmente aparecerão como homens, e farão uso de todos os meios em seu poder para derrotar os propósitos do inimigo. Temos uma parte a desempenhar. -- Manuscript Releases 8:399. VA 261 3 Satanás reúne todas as suas forças para o assalto do último conflito cerrado, e a resistência do seguidor de Cristo é provada ao máximo. Por vezes parece que ele terá que ceder. Mas uma palavra de oração ao Senhor Jesus vai como uma seta para o trono divino, e anjos de Deus são enviados ao campo de batalha. A situação é revertida. -- Nos Lugares Celestiais, 297. VA 262 1 No período final da história da Terra o Senhor operará poderosamente em favor dos que ficarem firmes pelo direito. ... Anjos magníficos em poder os protegerão. -- Profetas e Reis, 513. A obra dos anjos malignos através do espiritismo VA 262 2 Satanás tem há muito estado a preparar-se para um esforço final a fim de enganar o mundo. ... Pouco a pouco ele tem preparado o caminho para a sua obra-mestra de engano: o desenvolvimento do espiritismo. Até agora não conseguiu realizar completamente seus desígnios; mas estes serão atingidos no fim dos últimos tempos. ... Com exceção dos que são guardados pelo poder de Deus, pela fé em Sua Palavra, o mundo todo será envolvido por esse engano. -- O Grande Conflito, 561, 562. VA 262 3 O espiritismo é a obra-mestra do engano. É a mais fascinante e bem-sucedida ilusão de Satanás, calculada para atrair a simpatia dos que tiveram de levar seus queridos à tumba. Anjos maus aparecem sob a forma dos que morreram, relatando incidentes ligados à vida deles e desempenhando atos que eles realizaram enquanto viviam. Desta forma [os anjos maus] levam as pessoas a acreditar que seus amigos mortos são anjos, os quais podem estar a seu lado e comunicar-se com eles. Esses anjos maus, que se apresentam como os queridos mortos, são tratados com uma certa idolatria, e sua palavra é considerada como de muito maior peso que a Palavra de Deus. -- The Signs of the Times, 26 de Agosto de 1889. VA 262 4 A vinda do Senhor deve ser precedida da operação de Satanás "com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça". 2 Tessalonicenses 2:9, 10. E o apóstolo João, descrevendo o poder operador de prodígios que se manifestará nos últimos dias, declara: "Faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à Terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que foi permitido que fizesse." Apocalipse 13:13, 14. Não se acham aqui preditas meras imposturas. Os homens são enganados por sinais que os agentes de Satanás têm poder para fazer, e não pelo que pretendam realizar. -- O Grande Conflito, 553. VA 263 1 Satanás é um inimigo astuto. Não é difícil para os anjos maus assumirem a forma tanto de santos quanto de pecadores já mortos, tornando a representação dos mesmos visíveis aos olhos humanos. Tais manifestações serão mais e mais freqüentes, e manifestações mais extraordinárias ocorrerão à medida que nos aproximarmos do fim do tempo. -- The Review and Herald, 1 de Abril de 1875. VA 263 2 Ele [Satanás] tem poder para fazer surgir perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa exatidão. ... VA 263 3 Muitos serão defrontados por espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos, e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos de simpatia, efetuando prodígios para apoiarem suas pretensões. Devemos estar preparados para resistir a eles com a verdade bíblica de que os mortos nada sabem, e de que os que desta maneira aparecem são espíritos de demônios. VA 263 4 Está iminente diante de nós a "hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na Terra". Apocalipse 3:10. Todos aqueles cuja fé não estiver firmemente estabelecida na Palavra de Deus, serão enganados e vencidos. -- O Grande Conflito, 552, 560. VA 264 1 Comunicações por parte dos espíritos declararão que Deus os enviou para convencer de seu erro os que rejeitam o domingo, afirmando que as leis do país deveriam ser obedecidas como a lei de Deus. Lamentarão a grande impiedade no mundo, apoiando o testemunho dos ensinadores religiosos de que o estado de rebaixamento da moral se deve à profanação do domingo. Grande será a indignação despertada contra todos os que se recusam a aceitar-lhes o testemunho. -- O Grande Conflito, 591. Milagres no tempo do fim VA 264 2 Antes do fim do tempo ele [Satanás] operará maravilhas ainda maiores. Até aonde chegar o seu poder, ele há de realizar verdadeiros milagres. Dizem as Escrituras: "E engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse" (Apocalipse 13:14) -- não meramente os que ele pretende fazer. Esse texto apresenta alguma coisa mais que simples ilusões. -- Testemunhos Selectos 1:122. VA 264 3 Não precisamos ser enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas. Essas obras de cura aparente levarão os adventistas do sétimo dia à prova. -- Mensagens Escolhidas 2:53. VA 265 1 Alguns serão tentados a aceitar essas maravilhas como sendo de Deus. Enfermos serão curados à nossa vista. Milagres se efetuarão aos nossos olhos. Estamos nós apercebidos para a prova que nos aguarda quando as mentirosas maravilhas de Satanás forem mais amplamente exibidas? Não serão muitas almas enredadas e arrebatadas? Separando-se dos positivos preceitos e mandamentos de Deus, e dando ouvido às fábulas, o espírito de muitos se está preparando para receber esses milagres de mentira. Cumpre buscarmos todos armar-nos para o combate em que nos havemos de em breve empenhar. A fé na Palavra de Deus, o estudo apoiado pela oração e aplicado praticamente, será nossa proteção contra o poder de Satanás, levando-nos à vitória pelo sangue de Cristo. -- Testemunhos Selectos 1:100. Espíritos malignos ativos entre o remanescente VA 265 2 As formas dos mortos aparecerão através de sutis enganos de Satanás, e muitos se unirão com aquele que ama e profere mentiras. ... Alguns se volverão da fé e darão ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas de demônios. -- Olhando para o Alto, 311. VA 265 3 Os espiritualistas esforçar-se-ão por se envolver em conflito com os pastores que ensinam a verdade. Se estes não aceitarem, aqueles citarão as Escrituras para provar suas afirmações, tal como fez Satanás com Cristo. "Provai todas as coisas", dirão eles. Entretanto, sua idéia de "provar" equivale à aceitação de seus enganosos raciocínios e participação em suas reuniões. Nestas, os anjos das trevas assumem a forma de amigos mortos e comunicam-se com as pessoas como se fossem anjos de luz. VA 265 4 Seus amados aparecerão em trajes luminosos, tão familiares à vista como quando estavam na Terra. Ensinarão as pessoas e conversarão com elas. Muitos serão enganados por esta maravilhosa demonstração do poder de Satanás. A única segurança para o povo de Deus é estar em constante relacionamento com suas Bíblias, e conhecer inteligentemente as razões de nossa fé no tocante ao sono dos mortos. -- The Signs of the Times, 12 de Abril de 1883. VA 266 1 Anjos maus na forma de crentes trabalharão em nossas fileiras para introduzir um forte espírito de descrença. Não permitam que nem isto os desanime, mas apresentem um coração sincero para auxílio do Senhor contra os poderes de instrumentos satânicos. Esses poderes do mal se ajuntarão em nossas reuniões, não para receber uma bênção, mas para neutralizar as influências do Espírito de Deus. ... VA 266 2 Nunca devemos captar as palavras que lábios humanos possam proferir para confirmar os anjos maus em sua obra, mas devemos repetir as palavras de Cristo. Ele foi o Instrutor nas assembléias desses anjos antes que caíssem de sua elevada posição. -- Mensagens Escolhidas 3:410. VA 266 3 Satanás e seus anjos aparecerão na Terra como homens e se misturarão com aqueles acerca dos quais a Palavra de Deus diz: "Nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios." 1 Timóteo 4:1. -- Manuscript Releases 8:345. VA 266 4 Quando esses enganos espiritualistas forem revelados em seu verdadeiro caráter -- obras secretas dos espíritos maus -- aqueles que participaram das mesmas se tornarão como homens que perderam o juízo. -- Manuscript Releases 8:345. VA 266 5 Vi nosso povo em grande angústia, chorando e orando, suplicando as infalíveis promessas de Deus, enquanto os ímpios estavam a nossa volta, zombando de nós e ameaçando destruir-nos. Ridicularizavam nossa debilidade, zombavam de nosso pequeno número e nos insultavam com palavras destinadas a ferir-nos profundamente. Acusavam-nos de assumirmos posição independente da do resto do mundo. Haviam-nos tomado os recursos, de modo que não pudéssemos comprar ou vender, e destacavam nossa vil pobreza e angustiosa situação. Não conseguiam ver como viveríamos sem o mundo; dependíamos dele e deveríamos fazer concessões em termos de seus costumes, práticas e leis, ou retirar-nos dele. Se era verdade que constituíamos o único povo do mundo a desfrutar do favor divino, as aparências depunham terrivelmente contra nós. VA 267 1 Declaravam que possuíam a verdade, que havia milagres entre eles, que anjos do Céu conversavam e andavam com eles; que enorme poder, sinais e maravilhas se revelavam em seu meio, e que isso constituía o Milênio Temporal, que por tanto tempo haviam aguardado. O mundo inteiro havia-se convertido e estava em harmonia com a lei dominical, exceto esse pequeno e débil povo que ousava desafiar as leis terrenas e as de Deus, pretendendo ser as únicas pessoas corretas sobre a Terra. -- Maranata, o Senhor Vem, 207. Anjos realizarão a obra negligenciada pelos homens VA 267 2 Quando o poder divino se combinar com os esforços humanos, a obra espalhar-se-á como o fogo na palha. Deus empregará meios cuja origem os homens não serão capazes de discernir. Anjos realizarão uma obra que os homens teriam sido abençoados em empreender, não houvessem eles negligenciado os reclamos de Deus. -- The Review and Herald, 15 de Dezembro de 1885. Anjos suprirão as necessidades do povo de Deus VA 268 1 Vi os santos deixarem as cidades, e vilas, reunirem-se em grupos e viverem nos lugares mais solitários da Terra. Anjos lhes proviam alimento e água, enquanto os ímpios estavam a sofrer de fome e sede. -- Primeiros Escritos, 282. VA 268 2 No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados pelo ministério de anjos celestiais; não haverá segurança para o transgressor da lei de Deus. Os anjos não poderão proteger, então, aqueles que estão a desrespeitar um dos preceitos divinos. -- Patriarcas e Profetas, 256. VA 268 3 Em meio do tempo de angústia -- angústia como nunca houve desde que houve nação -- Seus escolhidos ficarão firmes. Satanás com todas as forças do mal não pode destruir o mais fraco dos santos de Deus. Anjos magníficos em poder os protegerão, e em favor deles Jeová Se revelará como "Deus dos deuses", capaz de salvar perfeitamente os que nEle puseram a sua confiança. -- Profetas e Reis, 513. Personificações de Satanás VA 268 4 Nessa época aparecerá o anticristo, como o Cristo verdadeiro, e então a lei de Deus será anulada completamente entre as nações do mundo. Amadurecerá a rebelião contra a santa lei de Deus. Mas o verdadeiro líder de toda essa rebelião é Satanás disfarçado em anjo de luz. Os homens serão iludidos e o exaltarão ao lugar de Deus, deificando-o. Mas a Onipotência intervirá, e às igrejas apostatadas que se unirem na exaltação de Satanás, se expedirá a sentença: "Portanto, num dia virão as suas pragas: a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo, porque é forte o Senhor Deus, que a julga." Apocalipse 18:8. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 62. VA 269 1 Disfarçado de anjo de luz, Satanás percorrerá a Terra operando maravilhas. Em bonita linguagem apresentará ternos sentimentos. Realizará boas ações. Cristo será personificado, mas em um ponto haverá marcante distinção. Satanás apartará o povo da lei de Deus. Apesar de tudo, a contrafação será tão perfeita que, se possível, os próprios eleitos seriam enganados. Cabeças coroadas, presidentes, governantes em elevada posição, prostrar-se-ão ante suas falsas teorias. -- The Review and Herald, 17 de Agosto de 1897. VA 269 2 É impossível dar uma idéia da experiência do povo de Deus que há de viver na Terra quando se misturarem a glória celeste e a repetição das perseguições do passado. Eles andarão à luz que procede do trono de Deus. Por meio dos anjos haverá constante comunicação entre o Céu e a Terra. E Satanás, rodeado de anjos maus, e declarando-se Deus, operará milagres de todas as espécies, para enganar, se possível, os próprios eleitos. O povo de Deus não encontrará sua segurança na operação de milagres; pois Satanás imitará os milagres que forem operados. -- Testemunhos Selectos 3:284. VA 270 1 Satanás está preparando seus enganos para a última campanha contra o povo de Deus, de modo que não o reconheçam. "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz." 2 Coríntios 11:14. ... Satanás utilizará seu poder ao extremo, para atormentar, tentar e desorientar o povo de Deus. -- The Review and Herald, 13 de Maio de 1862. VA 270 2 Satanás... aparecerá personificando Jesus Cristo, operando poderosos milagres; homens prostrar-se-ão e o adorarão como se fosse Jesus. Ser-nos-á ordenado adorar este ser, a quem o mundo glorificará como Cristo. Que faremos? Diremos que Cristo nos advertiu contra tal inimigo, que é o pior que tem contra si o ser humano, embora pretenda ser Deus. -- The Review and Herald, 18 de Dezembro de 1888. VA 270 3 Está chegando o tempo em que Satanás operará milagres diante de sua vista, pretendendo ser Cristo. Se os seus pés não estiverem firmemente estabelecidos na verdade de Deus, vocês serão afastados de seus fundamentos. -- The Review and Herald, 3 de Abril de 1888. VA 270 4 Nos últimos dias ele [Satanás] se apresentará de tal maneira que faça os homens crerem que ele é Cristo vindo pela segunda vez ao mundo. Ele se transformará na verdade em anjo de luz. Mas ao passo que ostentará em todos os sentidos a aparência de Cristo, até aonde possa chegar a simples aparência, isto não enganará a ninguém senão aos que... estão procurando resistir à verdade. -- Testemunhos Selectos 1:122, 123. Anjos maus estimulam a perseguição VA 270 5 Satanás está em constante operação para agitar os poderes do inferno de sua confederação do mal contra os justos. Ele capacita instrumentos humanos com seus próprios atributos. Anjos malignos, unidos com homens maus, empreenderão esforços para prejudicar, perseguir e destruir. -- Olhando para o Alto, 256. VA 271 1 A cada rejeição da verdade o espírito do povo se tornará mais entenebrecido, mais obstinado o coração, até que fique entrincheirado em audaciosa incredulidade. Em desafio às advertências que Deus deu, continuarão a calcar a pés um dos preceitos do decálogo, até que sejam levados a perseguir os que o têm como sagrado. Cristo é desprezado com o desdém que se lança à Sua Palavra e a Seu povo. Sendo os ensinos do espiritismo aceitos pelas igrejas, removem-se as restrições impostas ao coração carnal, e o professar religião se tornará um manto para ocultar a mais vil iniqüidade. A crença nas manifestações espiritualistas abre a porta aos espíritos enganadores e doutrinas de demônios, e assim a influência dos anjos maus será sentida nas igrejas. -- O Grande Conflito, 603, 604. VA 271 2 As cenas da traição, rejeição e crucifixão de Cristo têm sido encenadas novamente, e tornarão a sê-lo em imensa escala. Pessoas imbuir-se-ão dos atributos de Satanás. Os artifícios do arquiinimigo de Deus e do homem terão grande poder. -- Mensagens Escolhidas 3:415, 416. VA 271 3 Um espírito demoníaco toma posse de homens. ... Inteligência demoníaca... destruirá o homem formado à divina semelhança, porque... [o homem] não pode controlar a consciência de seu irmão e fazê-lo desleal à santa lei de Deus. -- Olhando para o Alto, 279. VA 272 1 Ao deixarem os santos as cidades e vilas, eram perseguidos pelos ímpios, que os procuravam matar. Mas as espadas que se levantavam para matar o povo de Deus, quebravam-se e caíam tão impotentes como uma palha. Anjos de Deus protegiam os santos. -- Primeiros Escritos, 284, 285. VA 272 2 No dia da atroz prova, [Cristo] dirá: "Vai, povo, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira." Isaías 26:20. Quais são os quartos nos quais deve o povo esconder-se? São a proteção de Cristo e dos santos anjos. O povo de Deus não estará, nessa oportunidade, em um único lugar. Formará diferentes grupos em todas as partes do mundo. -- Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh Day Adventist, 158. VA 272 3 Nas últimas cenas da história da Terra, quando a intensidade se apodera de todos os elementos terrestres, o Senhor requer de nós vigilância sem descanso. Contudo, não somos deixados a lutar sozinhos. Entre os crescentes perigos por todos os lados, aqueles que andam humildemente diante de Deus, não se apoiando em sua própria sabedoria, terão os anjos como seus ajudadores e protetores. Em tempos de especial perigo conhecerão o alcance do poder protetor de Deus. -- The Review and Herald, 25 de Abril de 1907. VA 272 4 Durante a noite passou diante de mim uma cena muito impressionante. Parecia haver grande confusão e luta de exércitos. Um mensageiro do Senhor estava em pé diante de mim, dizendo: "Chama sua família. Conduzirei vocês; sigam-me." Levou-me através de uma escura passagem, por entre um bosque, e então através dos picos das montanhas, dizendo afinal: "Aqui vocês estarão seguros." Outros também haviam sido levados àquele retiro. O mensageiro celestial disse: "O tempo de angústia chegou, qual ladrão de noite, assim como o Senhor advertiu que viria." -- Maranata, o Senhor Vem, 270. A personificação de Satanás após o encerramento da graça VA 273 1 A ira de Satanás aumenta à medida que seu tempo encurta, e sua obra de engano e destruição alcança o clímax. Findou a longanimidade de Deus. O mundo rejeitou Sua misericórdia, desprezou Seu amor e transgrediu Sua lei. Os ímpios ultrapassaram os limites da graça e o Senhor retira deles Sua proteção, deixando-os à vontade do líder que escolheram. ... VA 273 2 Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem há muito tempo professado considerar o advento do Salvador como a realização de suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por João no Apocalipse (cap. 1). A glória que o cerca não é excedida por coisa alguma que os olhos mortais já tenham contemplado. Ressoa nos ares a aclamação de triunfo: "Cristo veio! Cristo veio!" VA 273 3 O povo se prostra em adoração diante dele, enquanto este ergue as mãos e sobre eles pronuncia uma bênção, assim como Cristo abençoava Seus discípulos quando aqui na Terra esteve. Sua voz é meiga e branda, cheia de melodia. Em tom manso e compassivo apresenta algumas das mesmas verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; cura as doenças do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de seu nome, pela recusa de ouvirem seus anjos a eles enviados com a luz e a verdade. É este o poderoso engano, quase invencível. -- The Spirit of Prophecy 4:441, 442. VA 274 1 Satanás percebe que está prestes a perder a sua causa. Não pode iludir o mundo inteiro. Ele faz um último e desesperado esforço para vencer os fiéis pelo engano. Efetua isso personificando a Cristo. Cobre-se com as vestes da realeza que foram cuidadosamente descritas na visão de João. Tem poder para fazer isso. Aparecerá a seus seguidores iludidos, o mundo cristão que não recebeu o amor da verdade, antes teve prazer na iniqüidade... como Cristo vindo pela segunda vez. VA 274 2 Ele se proclama o Cristo, e é aceito como tal, um ser imponente e belo, revestido de majestade, com voz suave, palavras agradáveis e uma glória não superada por coisa alguma que olhos humanos já contemplaram. Então os seus enganados e iludidos seguidores soltam uma exclamação de vitória: "Cristo veio pela segunda vez! Cristo veio! Ele levantou as mãos assim como fazia quando esteve na Terra, e nos abençoou." ... VA 274 3 Os santos observam com estupefação o que se passa. Eles também serão enganados? Adorarão a Satanás? Há anjos de Deus ao seu redor. É ouvida uma voz clara, firme, musical, dizendo: "Olhem para cima!" VA 275 1 Aqueles que oravam tinham um só objetivo: a salvação final e eterna de sua alma. Este objetivo estava constantemente diante deles -- a vida imortal prometida aos que perseveram até o fim. Oh! quão sinceros e fervorosos tinham sido os seus anseios! O juízo e a eternidade estavam à vista. Pela fé, os seus olhos estavam cravados no trono resplandecente, perante o qual terão de comparecer as pessoas vestidas de branco. Isto os impedia de condescenderem com o pecado. ... VA 275 2 Mais uma tentativa, e então será usado o último ardil de Satanás. Ele ouve o incessante clamor de que Cristo venha, de que Cristo os liberte. Essa última estratégia é personificar a Cristo e fazer com que eles pensem que suas orações estão sendo atendidas. -- Eventos Finais, 142, 143. Anjos e o decreto universal de morte VA 275 3 Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, posicionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. Com ternura compassiva, os anjos têm testemunhado sua angústia e ouvido suas orações. Estão à espera da ordem de seu Comandante para os arrancar do perigo. Mas devem ainda esperar um pouco mais. O povo de Deus deve beber o cálice e ser batizado com o batismo. A própria demora, para eles tão penosa, é a melhor resposta às suas petições. Esforçando-se por esperar confiantemente que o Senhor opere, são levados a exercitar a fé, esperança e paciência, que muito pouco foram exercitadas durante sua experiência religiosa. ... VA 275 4 As sentinelas celestiais, fiéis ao seu encargo, continuam com sua vigilância. Visto que um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. -- O Grande Conflito, 630, 631. Deus se interpõe quando os ímpios tentam matar o seu povo VA 276 1 O povo de Deus -- alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelas multidões de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte. É então, na hora de maior aperto, que o Deus de Israel intervirá para o livramento de Seus escolhidos. ... VA 276 2 É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. ... Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus. ... VA 276 3 Essa voz abala os céus e a Terra. Há um grande terremoto "como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto". Apocalipse 16:18. O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. ... VA 277 1 Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo assustador do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. ... Os que pouco antes eram tão descuidados, tão arrogantes e desafiadores, tão exultantes em sua crueldade para com o povo de Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora vencidos pela consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do som dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e tremem diante de Seu poder, enquanto homens estão suplicando misericórdia e rastejando em abjeto terror. -- O Grande Conflito, 635-638. A segunda vinda de Cristo VA 277 2 Cristo vem com poder e grande glória. Vem com Sua própria glória e com a glória do Pai. Vem com todos os santos anjos. Ao passo que o mundo todo estará mergulhado em trevas, haverá luz em todos os lares dos santos. Eles hão de captar os primeiros raios de luz de Sua segunda aparição. -- Parábolas de Jesus, 420. VA 278 3 Surge logo no oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. À sua volta, milhares e dezenas de milhares de anjos cantam a mais adorável canção. Sobre ela assenta-Se o Filho do homem. -- Testimonies for the Church 1:60. VA 278 1 Nenhuma linguagem humana é capaz de descrever as cenas da segunda vinda do Filho do homem nas nuvens do Céu. ... Virá vestido nos trajes de luz, os quais tem usado desde os dias da eternidade. -- The Review and Herald, 5 de Setembro de 1899. VA 278 2 Uma santa comitiva de anjos, com coroas resplandecentes na cabeça, escolta-O em Sua vinda. -- Spiritual Gifts 1:206, 207. VA 278 3 Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: "Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!" ... VA 278 4 Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. Apresenta assinalado contraste com o povo das gerações posteriores; sob este único ponto de vista se revela a grande degeneração da raça. Todos, porém, surgem com a vivacidade e vigor de eterna juventude. ... As formas mortais, corruptíveis, destituídas de beleza, poluídas pelo pecado, tornam-se perfeitas, belas e imortais. Todos os defeitos e deformidades são deixados no túmulo. -- O Grande Conflito, 644, 645. VA 279 1 Ele morreu por nós, e ressuscitou em nosso favor, a fim de que pudéssemos sair da sepultura para um glorioso companheirismo com os anjos celestiais, encontrar-nos com nossos entes queridos e reconhecer-lhes a fisionomia, pois a semelhança com Cristo não destrói sua imagem, mas a transforma à gloriosa imagem dEle. Todos os santos ligados aqui por laços familiares conhecerão ali uns aos outros. -- Mensagens Escolhidas 3:316. VA 279 2 Os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos". 1 Coríntios 15:52. À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos ajuntarão "os Seus escolhidos, desde os quatro ventos, da extremidade da Terra até a extremidade do céu". Marcos 13:27. -- O Grande Conflito, 645. VA 279 3 Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. -- O Grande Conflito, 645. VA 279 4 Quando os pequenos se levantam imortais de seus berços no pó, imediatamente voam até os braços de suas mães. Reúnem-se outra vez, para nunca mais se separarem. Todavia, muitos destes pequenos não têm ali suas mães. Esperávamos ouvir as canções de triunfo destas mães, porém em vão. Os anjos recebem os pequenos órfãos e os conduzem à árvore da vida. -- The Youth's Instructor, 1 de Abril de 1858. VA 280 1 Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. VA 280 2 De cada lado do carro de nuvens existem asas, e debaixo dele se acham rodas vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: "Santo", e as asas, movendo-se, clamam: "Santo", e o cortejo de anjos clama: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso." Apocalipse 4:8. E os remidos bradam: "Aleluia!" -- enquanto o carro prossegue em direção à Nova Jerusalém. -- O Grande Conflito, 645. VA 280 3 Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua própria destra as colocou sobre nossa cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. -- Primeiros Escritos, 16. VA 280 4 Existem colunas de anjos em ambos os lados, e os redimidos de Deus entram por entre querubins e serafins. Cristo lhes dá as boas-vindas e pronuncia sobre eles a bênção: "Bem está, servo bom e fiel... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. -- The S.D.A. Bible Commentary 6:1093. Satanás e os anjos maus são confinados à terra VA 280 5 A Terra inteira se parece com um deserto assolado. As ruínas das cidades e vilas destruídas pelo terremoto, árvores desarraigadas, pedras irregulares lançadas pelo mar ou arrancadas da própria terra, espalham-se pela superfície, enquanto vastas cavernas assinalam o lugar em que as montanhas foram separadas de sua base. Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restrito à Terra, andará de um lado para outro em sua arrebentada superfície, para observar os efeitos de sua rebelião contra a lei de Deus. Durante mil anos poderá "desfrutar" dos resultados da rebelião que provocou. Não terá acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram. -- The Spirit of Prophecy 4:474, 475. VA 281 1 Por sua própria conduta Satanás forjou uma cadeia pela qual será preso. ... Todos os seres não caídos acham-se agora unidos na compreensão de que a lei de Deus não pode ser mudada. Apóiam o Seu governo, pois, tendo em vista a redenção do transgressor, Ele não poupou Seu próprio Filho. Sua lei demonstrou ser perfeita. Seu governo está assegurado para sempre. -- The Signs of the Times, 27 de Agosto de 1902. VA 281 2 Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Restrito à Terra, não terá acesso a outros mundos, para tentar e molestar os que jamais caíram. É neste sentido que ele está amarrado. -- O Grande Conflito, 659. VA 281 3 Ouvi aclamações de vitória dos anjos e dos santos remidos, os quais ressoavam como dez milhares de instrumentos musicais, porque não mais deveriam ser molestados e tentados por Satanás, e porque os habitantes de outros mundos estavam livres de sua presença e tentações. -- Primeiros Escritos, 290. ------------------------Capítulo 21 -- Os anjos no glorioso futuro Quando chegarmos ao céu VA 283 1 Vi então um inumerável exército de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas com nomes escritos, uma para cada santo. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Sua própria destra o adorável Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. Do mesmo modo, os anjos trouxeram as harpas, e Jesus as apresentou também aos santos. Os anjos dirigentes desferiram em primeiro lugar o tom, e então todas as vozes se alçaram em louvor grato e feliz, e todas as mãos deslizaram habilmente sobre as cordas da harpa, originando uma música melodiosa, com acordes abundantes e perfeitos. Vi então Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. -- Primeiros Escritos, 288. VA 283 2 Dos lábios do Rei da glória se ouvirá a bênção, que ressoará em seus ouvidos como a mais doce música: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. Assim os remidos receberão as boas-vindas às mansões que Jesus está preparando para eles. Ali não serão companheiros dos vis da Terra, mas daqueles que através do auxílio divino formaram caráter perfeito. Cada tendência pecaminosa, cada imperfeição, terá sido removida pelo sangue de Cristo; a excelência e brilho de Sua glória, muito mais intensos que o esplendoroso sol do meio-dia, lhes são imputados. A beleza moral e a perfeição do caráter de Cristo brilha através deles com um fulgor mais intenso que o esplendor externo. Acham-se imaculados diante do grande trono branco, compartilhando da dignidade e privilégios dos anjos. -- The Southern Watchman, 31 de Março de 1908. VA 284 1 Os redimidos encontrarão e reconhecerão aqueles que, por seu intermédio, foram conduzidos ao Salvador. Que abençoada conversa terão com estas almas! "Eu era um pecador", dirá alguém, "sem Deus e sem esperança no mundo, e você apareceu para atrair minha atenção ao precioso Salvador como minha única esperança. ..." Outros dirão: "Eu era pagão em terras estranhas. Você deixou seus amigos e lar confortável, vindo para ensinar-me como conhecer a Jesus e nEle crer como único Deus verdadeiro. Destruí meus ídolos e adorei a Deus; agora posso vê-Lo face a face. Estou salvo, eternamente salvo, para contemplar Aquele a quem amo. ..." VA 284 2 Outros expressarão gratidão para com os que nutriram o faminto e vestiram o nu. "Quando o desespero inundava minha alma de incredulidade, o Senhor enviou você para falar-me palavras de esperança e conforto. Você atendeu minhas necessidades físicas e me trouxe alimento; abriu-me a Palavra de Deus, fazendo-me despertar para as minhas necessidades espirituais. Você me tratou como a um irmão. Simpatizou comigo nas minhas tristezas, restaurando-me a alma ferida e machucada, de modo que eu pudesse alcançar a mão de Cristo estendida para salvar-me. Em minha ignorância, você teve paciência comigo, ensinando-me que eu tinha no Céu um Pai que cuida de mim. Você leu para mim as preciosas promessas da Palavra de Deus. Você inspirou-me fé em Sua capacidade para salvar-me. Meu coração foi abrandado, subjugado, quebrantado, à medida que eu contemplava o sacrifício de Cristo por mim. ... Aqui estou, salvo, eternamente salvo, para viver em Sua presença, e para louvá-Lo por haver dado a Sua vida por mim." VA 285 1 Quão grande regozijo será para estes remidos encontrar-se e saudar àqueles que antes tiveram preocupação pela salvação deles! -- The Review and Herald, 5 de Janeiro de 1905. VA 285 2 Se [os jovens] receberem a Cristo e crerem nEle, serão conduzidos a íntima relação com Deus. Ele lhes dará o poder de serem filhos de Deus, de se associarem com os mais altos dignitários do reino do Céu, a unir-se com Gabriel, com os querubins e serafins, com anjos e o Arcanjo. "E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça e de uma e outra banda do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão. E verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre." Apocalipse 22:1-5. -- Spalding and Magan Collection, 52. VA 286 1 Não compreenderemos o que devemos aos cuidados e interposição dos anjos antes que se vejam as providências de Deus à luz da eternidade. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios dos homens. -- Educação, 304. VA 286 2 Na vida futura compreenderemos as coisas que aqui nos deixaram em grande perplexidade. Entenderemos quão grande Ajudador tivemos, e como os anjos de Deus foram comissionados a guardar-nos ao seguirmos o conselho da Sua Palavra. -- The Signs of the Times, 3 de Janeiro de 1906. VA 286 3 No mundo do porvir, Cristo conduzirá os remidos ao rio da vida, ensinando-lhes maravilhosas lições de verdade. Abrirá diante deles os mistérios da Natureza. Verão que existe uma poderosa Mão a manter os mundos em seu lugar. Contemplarão as habilidades do Grande Artista em colorir as flores dos campos e compreenderão os propósitos do misericordioso Pai, que dispensa cada raio de luz. Com os santos anjos, os remidos reconhecerão em cânticos de gratidão e louvor o supremo amor de Deus para com um mundo ingrato. Compreenderão naquela oportunidade que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. -- The Review and Herald, 3 de Janeiro de 1907. VA 286 4 Têm [os herdeiros da graça] para com Deus uma relação ainda mais sagrada do que os anjos que jamais caíram. -- Testemunhos Selectos 2:337. VA 287 1 Pelo poder de Seu amor, mediante obediência, o homem caído, um verme do pó, deve ser transformado, habilitado a ser um membro da família celestial, um companheiro através das eras eternas de Deus e Cristo e dos santos anjos. O Céu triunfará pois as vagas deixadas pelos anjos caídos de Satanás e seu exército serão preenchidas pelos redimidos do Senhor. -- Olhando para o Alto, 55. VA 287 2 Deus criou o homem para Sua própria glória, para que depois de passar pela prova e aflição da família humana, pudesse ele tornar-se um com a família celestial. Era o propósito de Deus repovoar o Céu com a família humana, caso ela se demonstrasse obediente a cada palavra divina. Adão deveria ser provado a fim de demonstrar se seria obediente, tal como os anjos fiéis, ou desobediente. -- The S.D.A. Bible Commentary 1:1082. VA 287 3 O amor e simpatias que o próprio Deus plantou na alma, encontrarão ali o mais verdadeiro e suave exercício. A comunhão pura com os seres santos, a vida social harmoniosa com os bem-aventurados anjos e com os fiéis de todos os tempos, que lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro, os sagrados laços que reúnem "toda a família nos Céus e na Terra" (Efésios 3:15) -- tudo isto concorre para constituir a felicidade dos remidos. -- O Grande Conflito, 677. O julgamento durante o milênio VA 287 4 Durante os mil anos entre a primeira e a segunda ressurreição, ocorrerá o julgamento dos ímpios. Daniel declara que ao vir o Ancião de dias, "o juízo foi dado aos santos do Altíssimo". Daniel 7:22. Nessa oportunidade os santos reinarão como reis e sacerdotes diante de Deus. João, em Apocalipse, diz: "Vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar." Apocalipse 20:4. Eles "serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com Ele mil anos." Apocalipse 20:6. Nessa mesma ocasião, de acordo com Paulo, "os santos hão de julgar o mundo". 1 Coríntios 6:2. Em união com Cristo eles julgam os maus, comparando suas ações, declaradas nos livros, com a Bíblia, decidindo cada caso de acordo com as obras praticadas no corpo. Também Satanás e os anjos maus serão julgados por Cristo e Seu povo. -- The Southern Watchman, 14 de Março de 1905. A terceira vinda de Cristo VA 288 1 Ao fim dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena aos ímpios mortos que ressuscitem para receber a condenação. Surgem estes como um grande exército, inumerável como a areia do mar. Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da doença e da morte. VA 288 2 Todos os olhares daquela vasta multidão se voltam para contemplar a glória do Filho de Deus. A uma voz, o ajuntamento dos ímpios exclama: "Bendito o que vem em nome do Senhor!" Mateus 23:39. Não é o amor para com Jesus que inspira esta declaração. É a força da verdade que faz brotar involuntariamente essas palavras de seus lábios. Os ímpios saem da sepultura tais quais a ela baixaram, com a mesma inimizade contra Cristo, e com o mesmo espírito de rebelião. Não terão um novo tempo de graça no qual remediar os defeitos da vida passada. Para nada aproveitaria isso. Uma vida inteira de pecado não lhes abrandou o coração. Um segundo tempo de graça, se lhes fosse concedido, seria ocupado, como foi o primeiro, em se esquivarem aos preceitos de Deus e contra Ele incitarem rebelião. VA 289 1 Cristo desce sobre o Monte das Oliveiras, donde, depois de Sua ressurreição, ascendeu, e onde anjos repetiram a promessa de Sua volta. Diz o profeta: "Virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo." Zacarias 14:5. "E, naquele dia, estarão os Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o Monte das Oliveiras será fendido pelo meio, ... e haverá um vale muito grande." Zacarias 14:4. "O Senhor será Rei sobre toda a Terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o Seu nome." Zacarias 14:9. -- O Grande Conflito, 662, 663. VA 289 2 Olhamos então para cima e vimos a formosa cidade, com doze fundamentos, doze portas, três em cada lado, e um anjo em cada porta. Exclamamos então: "A Cidade! A grande Cidade! Está descendo de Deus, do Céu!" Ela desceu com todo o seu esplendor e glória resplandecente, situando-se na grande planície que Jesus preparara para ela. -- Spiritual Gifts 1:213. VA 289 3 Agora Satanás se prepara para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não render-se no grande conflito. ... Os ímpios são cativos de Satanás. ... Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo, ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. ... Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. ... VA 290 1 Naquela vasta multidão há muitos que pertenceram à raça de grande longevidade que existiu antes do dilúvio. ... Há reis e generais que venceram nações, homens valentes que nunca perderam batalha. ... Satanás consulta seus anjos, e depois esses reis, vencedores e guerreiros poderosos. Olham para a força e número ao seu lado, e declaram que o exército dentro da cidade é pequeno em comparação com o seu, podendo ser vencido. Formulam seus planos para tomar posse das riquezas e glória da Nova Jerusalém. Todos imediatamente começam a preparar-se para a batalha. Hábeis artífices constroem petrechos de guerra. Chefes militares, famosos por seus êxitos, arregimentam em companhias e divisões as multidões de homens aguerridos. VA 290 2 Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento. ... Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para esta luta final. -- O Grande Conflito, 663, 664. VA 291 1 Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. -- O Grande Conflito, 665. VA 291 2 Na presença dos habitantes da Terra e do Céu, reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. ... VA 291 3 [Satanás] viu ser colocada a coroa sobre a cabeça de Cristo por um anjo de elevada estatura e presença majestosa, e sabe que a exaltada posição deste anjo poderia ter sido sua. -- O Grande Conflito, 666, 669. O julgamento final VA 291 4 Agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. ... VA 291 5 Logo que se abrem os livros de registro e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se tornam cônscios de todo pecado cometido. Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade, precisamente até onde o orgulho e rebelião os levaram na violação da lei de Deus. ... VA 291 6 Por sobre o trono se revela a cruz; e semelhante a uma vista panorâmica aparecem as cenas da tentação e queda de Adão, e os passos sucessivos no grande plano para redimir os homens. O humilde nascimento do Salvador; Sua infância de simplicidade e obediência; Seu batismo no Jordão; ... Seu ministério público; ... Sua traição...; o Filho de Deus exultantemente exibido perante Anás, citado ao palácio do sumo sacerdote, ao tribunal de Pilatos, perante o covarde e cruel Herodes... -- tudo é vividamente esboçado. VA 292 1 E agora, perante a multidão agitada, revelam-se as cenas finais -- o paciente Sofredor trilhando o caminho do Calvário, o Príncipe do Céu suspenso na cruz. ... VA 292 2 O terrível espetáculo aparece exatamente como foi. Satanás, seus anjos e súditos não têm poder para se desviarem do quadro que é a sua própria obra. Cada ator relembra a parte que desempenhou. -- O Grande Conflito, 666, 667. VA 292 3 Chegará o dia em que tudo será revelado em sua verdadeira luz diante dos anjos e dos homens. Assim como o artista reproduz no bronze as características do rosto humano, assim os caracteres são transferidos aos livros celestiais. ... No juízo cada homem será revelado tal qual é, quer tenha sido moldado à semelhança divina, ou desfigurado pelos idólatras pecados do egoísmo e da cobiça. -- Manuscript Releases 17:288. VA 292 4 No dia em que todos serão recompensados segundo sua obra, como os transgressores se sentirão, quando, por um momento, lhes for permitido ver o registro de sua vida e do que escolheram fazer dela. ... VA 292 5 No dia do juízo os homens verão o que poderiam ter-se tornado mediante o poder de Cristo. ... Conheciam as reivindicações de Deus, mas recusaram submeter-se às condições estabelecidas em Sua Palavra. Por sua própria escolha uniram-se com os demônios. ... VA 293 1 No dia do juízo tudo isso é aberto perante os impenitentes. Cena após cena passa diante deles. Tão claramente quanto a luz do sol do meio-dia eles todos vêem o que poderiam ter sido caso houvessem cooperado com Deus em lugar de se oporem a Ele. O quadro não pode ser modificado. Seus casos estão decididos para sempre. ... VA 293 2 E os anjos caídos, dotados de maior inteligência do que o homem, reconhecerão o que fizeram ao utilizar seus poderes para levar os seres humanos a preferirem o engano e a falsidade. -- Olhando para o Alto, 197. VA 293 3 Mas agora chegado é o tempo em que a rebelião deve ser finalmente derrotada, e descobertos a história e caráter de Satanás. Em seu último e grande esforço para destronar a Cristo, destruir Seu povo e tomar posse da cidade de Deus, o arquienganador foi completamente desmascarado. Os que a ele se uniram, vêem o fracasso completo de sua causa. Os seguidores de Cristo e os anjos leais contemplam a extensão total de suas maquinações contra o governo de Deus. É ele objeto de aversão universal. VA 293 4 Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. ... Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A acusação que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença. ... Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. ... VA 293 5 Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Quase que em delírio, decide-se a não capitular no grande conflito. Chegado é o tempo para uma última e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata. Mas dentre todos os incontáveis milhões que seduziu à rebelião, ninguém há agora que lhe reconheça a supremacia. Seu poder chegou ao fim. ... Sua ira se acende contra Satanás e os que foram seus agentes no engano, e com furor de demônios voltam-se contra eles. ... VA 294 1 De Deus desce fogo do céu. A terra se fende. ... Chamas devoradoras irrompem de cada abismo hiante. ... Vindo é o dia que arderá como um forno. Os elementos fundem-se pelo vivo calor, e também a Terra e as obras que nela há são queimadas. Malaquias 4:1; 2 Pedro 3:10. A superfície da Terra parece uma massa fundida -- um vasto e fervente lago de fogo. ... VA 294 2 Os ímpios recebem sua recompensa. ... Alguns são destruídos em um momento, enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações. Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, tem ele de sofrer não somente pela sua própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer. Seu castigo deve ser muito maior do que o daqueles a quem enganou. Depois que perecerem os que pelos seus enganos caíram, deve ele ainda viver e sofrer. Nas chamas purificadoras os ímpios são finalmente destruídos. -- O Grande Conflito, 670-673. VA 295 1 Por uma vida de rebelião, Satanás e todos quantos a ele se unem colocam-se em tanta desarmonia com Deus, que Sua própria presença lhes é um fogo consumidor. A glória dAquele que é amor os destruirá. -- O Desejado de Todas as Nações, 764. VA 295 2 O Universo todo terá sido testemunha da natureza e resultados do pecado. E seu completo extermínio, que no princípio teria acarretado o temor dos anjos, desonrando a Deus, reivindicará agora o Seu amor e estabelecerá a Sua honra perante a totalidade dos seres que se deleitam em fazer a Sua vontade, e em cujo coração está a lei divina. -- O Grande Conflito, 504. VA 295 3 O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis conseqüências do pecado. VA 295 4 Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. -- O Grande Conflito, 674. VA 295 5 O pecado é algo misterioso, inexplicável. Não houve razão para a sua existência; procurar explicá-lo seria atribuir-lhe uma razão, e isto seria justificá-lo. O pecado apareceu num Universo perfeito, algo que se demonstrou inescusável e excessivamente mau. A razão para o seu surgimento e desenvolvimento nunca foi e nem será explicada, mesmo naquele grande dia, quando o Juiz Se assentar e os livros forem abertos. ... Será evidente a todos que não existe e nem jamais existiu uma causa ou razão para o surgimento do pecado. Na final condenação de Satanás, seus anjos e todos os homens que com eles se identificaram como transgressores da lei de Deus, todas as bocas permanecerão fechadas. Quando os exércitos da rebelião, do primeiro grande rebelde até o último transgressor, forem interrogados por que quebrantaram a lei de Deus, nada terão a dizer. Não haverá resposta, nenhuma razão de importância a alegar. -- The Signs of the Times, 28 de Abril de 1890. VA 296 1 Os habitantes de todos os mundos convencer-se-ão da justiça da lei ao ser erradicado o pecado e eliminada a rebelião. ... A operação do plano da redenção revelará, não apenas aos homens, como também aos anjos, o caráter de Deus, e por todos os séculos da eternidade o caráter maligno do pecado será compreendido à luz daquilo que custou ao Pai e ao Filho a redenção da raça rebelde. Em Cristo, o Cordeiro morto desde a fundação do mundo, todos os mundos contemplarão as marcas da maldição, e tanto anjos quanto homens atribuirão honra e glória ao Redentor através de quem estará assegurado para sempre o desaparecimento da apostasia. VA 296 2 A eficiência da cruz guardará a raça redimida dos perigos de uma segunda queda. A vida e morte de Cristo desmascararam os enganos de Satanás e refutaram seus reclamos. O sacrifício de Cristo por um mundo caído unirá homens e anjos mediante laços indestrutíveis. Por intermédio do plano da salvação, a justiça e a misericórdia de Deus são plenamente vindicadas, e por toda a eternidade a rebelião jamais tornará a erguer-se, nem a aflição voltará jamais a aparecer no Universo de Deus. -- The Messenger, 7 de Junho de 1893. A terra renovada VA 297 1 Quando Deus finalmente purificar a Terra, parecerá ela um lago de fogo sem limites. Assim como Deus preservou a arca em meio às comoções do Dilúvio, pois ela continha oito pessoas justas, assim preservará Ele a Nova Jerusalém, que conterá os fiéis de todas as eras. ... Embora a Terra inteira, com exceção da parte em que a cidade repousa, esteja envolta num mar de fogo líquido, a cidade será poupada como o foi a arca, por um milagre do Todo-poderoso. Não sofrerá qualquer dano em meio aos elementos devoradores. -- Spiritual Gifts 3:87. A nova terra e nossa eterna herança VA 297 2 [Moisés] viu a Terra purificada pelo fogo e limpa de todo vestígio de pecado, de todo traço de maldição, renovada e dada em possessão eterna aos santos. -- Manuscript Releases 10:158. VA 297 3 O plano da redenção não será amplamente penetrado, mesmo quando os resgatados virem assim como eles são vistos, e conhecerem como são conhecidos; antes, através das eras eternas, novas verdades desdobrar-se-ão de contínuo à mente cheia de admiração e deleite. -- O Grande Conflito, 651. VA 297 4 No plano da salvação há alturas e profundezas, que a própria eternidade jamais poderá compreender completamente, maravilhas para as quais os anjos desejam atentar. Apenas os remidos, dentre todos os seres criados, conheceram em sua própria experiência o conflito com o pecado; trabalharam com Cristo e, conforme os próprios anjos não o poderiam fazer, associaram-se em Seus sofrimentos; não terão eles qualquer testemunho quanto à ciência da redenção, algo que seja de valor para seres não caídos? -- Educação, 308. VA 298 1 Há no plano da redenção mistérios... que são para os anjos celestiais motivo de contínuo assombro. O apóstolo Pedro, falando das revelações dadas aos profetas, dos "sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir", diz que para essas coisas "os anjos desejam bem atentar". 1 Pedro 1:11, 12. -- Testemunhos Selectos 2:307. VA 298 2 A multidão dos remidos viajará de mundo em mundo, e grande parte de seu tempo será aplicado à pesquisa dos mistérios da redenção. A despeito da extensão infinita da eternidade, esse tema estará continuamente aberto diante de suas mentes. -- The Review and Herald, 9 de Março de 1886. VA 298 3 A ciência da redenção é a ciência de todas as ciências; a ciência que constitui o estudo dos anjos e de todos os seres dos mundos não caídos; a ciência que ocupa a atenção de nosso Senhor e Salvador; ciência que se acha incluída no propósito originado na mente do Infinito...; ciência, enfim, que será o estudo dos remidos de Deus através dos séculos infindáveis. -- Educação, 126. VA 298 4 O maravilhoso desígnio de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que "os anjos desejam bem atentar" (1 Pedro 1:12), e será seu estudo através dos séculos sem fim. Mas os seres remidos e os não caídos encontrarão na cruz de Cristo sua ciência e seu cântico. Ver-se-á que a glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a glória do abnegado amor. À luz do Calvário se patenteará que a lei do amor que renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que "não busca os seus interesses" (1 Coríntios 13:5) tem sua fonte no coração de Deus; e que no manso e humilde Jesus se manifesta o caráter dAquele que habita na luz inacessível ao homem. -- O Desejado de Todas as Nações, 19, 20. VA 299 1 E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor. VA 299 2 "E ouvi a toda criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apocalipse 5:13. VA 299 3 O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor. -- O Grande Conflito, 678. ------------------------O fim VA 300 1 O tema da redenção é algo que os anjos desejam compreender; será a ciência e cântico dos redimidos através das infindáveis eras da eternidade. Acaso não merece ele o mais atento estudo e meditação agora? -- The Bible Echo, 1 de Janeiro de 1888. VA 300 2 Ao estudar e meditar os temas, para os quais "os anjos desejam bem atentar" (1 Pedro 1:12), [um estudante da Bíblia] pode ter a companhia destes. Pode seguir os passos do Mestre celestial, e ouvir as Suas palavras, como quando Ele ensinava nas montanhas, nas planícies e no mar. Pode neste mundo habitar em atmosfera celestial, comunicando aos tristes e tentados da Terra pensamentos de esperança e santidade, vindo ele próprio a ficar em uma associação mais e mais íntima com o Ser invisível, semelhantemente àquele da antiguidade que andou com Deus, aproximando-se mais e mais do limiar do mundo eterno, e isto até que se abram os portais e ele ali entre. Não se achará ali como estranho. As vozes que o saudarem são as daqueles seres santos que, invisíveis, foram na Terra seus companheiros, vozes que ele aqui aprendeu a distinguir e amar. Aquele que pela Palavra de Deus viveu em associação com o Céu, encontrar-se-á à vontade na companhia dos entes celestiais. -- Educação, 127. VA 300 3 O Senhor gostaria que tivéssemos percepções aguçadas para entender que esses seres poderosos que visitam nosso mundo têm uma parte ativa em toda obra que temos considerado como nossa. Esses seres celestiais são anjos ministradores e freqüentemente se disfarçam na forma de seres humanos. Como estranhos conversam com aqueles que estão empenhados na obra de Deus. Em lugares isolados têm sido companheiros de viajantes em perigo. Em navios castigados pela tempestade, anjos em forma humana têm proferido palavras de animação para desviar o temor e inspirar confiança na hora do perigo, e os passageiros têm julgado que era um dentre eles com quem nunca antes haviam falado. -- Olhando para o Alto, 78. VA 301 1 Mantenhamos o coração cheio das preciosas promessas de Deus, para que possamos proferir palavras de conforto e fortalecimento aos outros. Assim aprenderemos a linguagem dos anjos celestes, os quais, se formos fiéis, serão nossos companheiros ao longo das eras eternas. -- The Youth's Instructor, 10 de Janeiro de 1901. VA 301 2 Na vida futura compreenderemos coisas que aqui nos fazem muito perplexos. Reconheceremos então quão forte Ajudador tínhamos, e como os anjos de Deus eram comissionados para nos guardar, ao seguirmos o conselho da Palavra de Deus. -- Nos Lugares Celestiais, 257. VA 301 3 Todo remido compreenderá o serviço dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que o guardou desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que com ele esteve no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celeste em toda a obra em prol da humanidade. -- Educação, 305. ------------------------Vida no Campo VC 5 1 Prefácio VC 9 1 Capítulo 1 -- Apelo para Abandonar as Cidades VC 15 1 Capítulo 2 -- Evitando Conflitos Trabalhistas VC 19 1 Capítulo 3 -- Um Apelo aos Pais VC 26 1 Capítulo 4 -- Ocupações em Zonas Rurais VC 30 1 Capítulo 5 -- Preparando-se Para a Crise da Lei Dominical VC 32 1 Capítulo 6 -- Colonização nos Centros Institucionais VC 36 1 Capítulo 7 -- Guiado pela Providência Divina VC 42 1 Capítulo 8 -- Nossos Centros Institucionais Devem Estar Fora das Areas Congestionadas VC 47 1 Capítulo 9 -- Fuga de Emergência no Conflito Final ------------------------Prefácio VC 5 1 As vantagens da vida no campo repetidamente têm sido salientadas através dos conselhos do Espírito de Profecia. As nuvens tempestuosas que se avolumam revelam quão oportuno é fazer ecoar o apelo para abandonar as cidades. Deve ser evidente a cada adventista do sétimo dia, que morar na cidade, com o seu congestionamento, seduções e conflitos trabalhistas que lhe são próprios, não proporciona um ambiente sadio para as famílias cristãs. VC 5 2 No correr dos anos, milhares de adventistas do sétimo dia têm sido orientados na escolha de localização para o lar e em sua relação para com organizações do mundo, pelos conselhos dos testemunhos amplamente publicados sobre esses pontos vitais. Ao indicarem os presságios da crise iminente, a subtileza dos perigos e a fúria do conflito que está adiante de nós, parece ser conveniente publicar novamente esse conselho, de tal forma que atraia a atenção de cada membro da igreja. VC 5 3 E, considerando os tempos, é cabível não somente repetir os conselhos mais familiares de longa publicação, mas também dar força a essas declarações, apresentando com elas as mais detalhadas instruções impressas, de quando em quando, na Review and Herald ou escritas em cartas de conselho dirigidas a obreiros de responsabilidade da causa de Deus. Tal ação está em plena harmonia com as instruções da Sra. E. G. White aos seus depositários no sentido de providenciar "a impressão de compilações de meus manuscritos pois, conforme ela disse, eles contêm "instrução que o Senhor me deu para dar a Seu povo". O ano em que foi escrito ou da primeira publicação é dado com a referência da fonte de cada trecho. VC 6 1 Os veementes apelos apresentados neste panfleto exigem decidida ação, mas advertem solenemente contra mudanças insensatas. Dirigiríamos a atenção especialmente para as advertências encontradas na Seção VII, "Guiado pela Providência Divina", que aparece nas páginas 36 a 41. Este livreto é colocado agora no campo em resposta à firme convicção dos líderes da Igreja, de que chegou o tempo de reiterar o grito: "SAÍ DAS CIDADES." Os Depositários das Publicações de Ellen G. White. ------------------------Capítulo 1 -- Apelo para abandonar as cidades VC 9 1 Os perigos da cidade -- Poucos reconhecem a importância de evitar, quanto possível, todas as associações contrárias à vida religiosa. Ao escolher seu ambiente, poucos tornam sua prosperidade espiritual sua primeira preocupação. VC 9 2 Os pais afluem com a família às cidades, porque imaginam ser mais fácil obter aí subsistência do que no campo. Os filhos, nada tendo que fazer quando não se acham na escola, recebem uma educação de rua. Adquirem, das más companhias, hábitos de vícios e desenfreamento. Os pais vêem tudo isto, mas requer sacrifício corrigir-lhes os erros, e ficam onde estão, até que Satanás toma inteiro domínio de seus filhos. É melhor sacrificar toda e qualquer consideração mundana do que pôr em risco as preciosas almas confiadas ao vosso cuidado. Elas serão assediadas pelas tentações, e devem ser ensinadas a enfrentá-las; mas é vosso dever cortar qualquer influência, romper com todo hábito, quebrar todo laço que impedir de, com a vossa família, vos entregardes a Deus de maneira mais franca, positiva e sincera. VC 9 3 Em lugar da cidade apinhada, buscai algum ambiente afastado onde vossos filhos possam estar, tanto quanto possível, ao abrigo das tentações, e ali preparai-os e educai-os de modo a se tornarem úteis. O profeta Ezequiel assim enumera as causas que levaram ao pecado e destruição de Sodoma: "Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado." Todos os que querem escapar da condenação de Sodoma, devem fugir do procedimento que trouxe os juízos de Deus sobre aquela ímpia cidade. -- Testemunhos Seletos 2:81. VC 10 1 Não é o plano de Deus que moremos na cidade -- Em todo o mundo as cidades estão se tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Avoluma-se incessantemente a onda de corrupção e de crime. Cada dia oferece um registro de violência: roubos, assassínios, suicídios e crimes inomináveis. VC 10 2 A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da excitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Estas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível. VC 10 3 Uma das mais sutis e perigosas tentações que assaltam as crianças e jovens nas cidades, é o amor dos prazeres. Numerosos são os dias feriados; jogos e corridas de cavalos arrastam milhares, e a onda de excitação e prazer atrai-os para longe dos sóbrios deveres da vida. O dinheiro que deveria haver sido economizado para melhores fins, é desperdiçado em divertimentos. VC 10 4 Em razão de monopólios, sindicatos e greves, as condições da vida nas cidades estão-se tornando cada vez mais difíceis. Sérias aflições encontram-se perante nós; e sair das cidades tornar-se-á uma necessidade para muitas famílias. VC 10 5 O ambiente material das cidades constitui muitas vezes um perigo para a saúde. O estar constantemente sujeito ao contato com doenças, a prevalência de ar viciado, água e alimento impuros, as habitações apinhadas, obscuras e insalubres, são alguns dos males a enfrentar. VC 11 1 Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades, se apinhasse em cortiços. Ele pôs, no princípio, nossos primeiros pais entre os belos quadros e sons em que se deseja que nos regozijemos ainda hoje. Quanto mais chegarmos a estar em harmonia com o plano original de Deus, mais favorável será nossa posição para assegurar saúde ao corpo, espírito e alma. -- A Ciência do Bom Viver, 363-365. VC 11 2 Um espírito negligente -- Não pude dormir depois das duas horas, esta manhã. Durante o período noturno estive em concílio. Estive insistindo com algumas famílias para que se aproveitassem dos meios designados por Deus e saíssem das cidades para salvar seus filhos. Alguns eram negligentes, não envidando decididos esforços. VC 11 3 Os anjos da misericórdia apressaram Ló, sua esposa e filhas tomando-os pela mão. Houvesse Ló se apressado como o Senhor desejava que fizesse, e sua esposa não se teria transformado numa estátua de sal. Ló tinha espírito demasiadamente vagaroso. Não nos assemelhemos a ele. A mesma voz que advertiu a Ló de que devia abandonar Sodoma, ordena-nos: "Saí do meio deles, e apartai-vos,... e não toqueis nada imundo." Os que obedecem a esta advertência encontrarão um refúgio. Esteja cada homem bem desperto por si mesmo e procure salvar sua família. Cinja-se para o trabalho. Deus revelará ponto por ponto qual deve ser a próxima coisa a fazer. VC 11 4 Ouvi a voz de Deus por meio do apóstolo Paulo: "Operai a vossa salvação com temor e tremor. Porque é Deus O que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade." Ló palmilhou a planície com passos mal dispostos e tardos. Por tanto tempo se havia associado com operadores do mal que não pôde ver seu perigo até que a esposa ficou para sempre na planície como uma estátua de sal. -- The Review and Herald, 11 de Dezembro de 1900. VC 12 1 As cidades devem ser visitadas pelos juízos de Deus -- Aproxima-se o tempo em que as cidades serão alvo dos juízos divinos. Dentro em pouco as cidades serão terrivelmente sacudidas. Não importa quais sejam as dimensões e a solidez dos edifícios, nem quais as precauções tomadas contra incêndios, quando Deus tocar esses edifícios, dentro de poucos minutos ou algumas horas ficarão reduzidos a escombros. VC 12 2 As cidades ímpias do nosso mundo serão varridas pela vassoura da destruição. Nas calamidades que agora atingem edifícios imensos e grandes distritos das cidades, Deus nos está mostrando o que irá acontecer em toda a Terra. -- Testemunhos Seletos 3:124. VC 12 3 Resultado de não atender às advertências -- Tenho ordem de declarar a mensagem, dizendo que as cidades onde reina a transgressão, extremamente pecadoras, serão destruídas por terremotos, pelo fogo e por dilúvio. Todo o mundo será advertido de que existe um Deus que demonstrará Sua autoridade divina, Seus invisíveis instrumentos ocasionarão destruição, devastação e morte. Todas as riquezas acumuladas serão como nada.... VC 12 4 Sobrevirão calamidades -- calamidades as mais terríveis, totalmente imprevistas; e estas destruições seguir-se-ão umas às outras. Se atentarem para as advertências que Deus tem feito, e as igrejas se arrependerem, apegando-se de novo ao seu concerto, então outras cidades podem ser poupadas por algum tempo. Mas se os homens que têm sido enganados continuarem no mesmo caminho em que têm estado a andar, desrespeitando a Lei de Deus e apresentando falsidades diante do povo, Deus permitirá que sofram calamidades, para que despertem.... VC 12 5 O Senhor não rejeitará repentinamente todos os transgressores, nem destruirá nações inteiras; mas Ele castigará cidades e lugares onde os homens se houverem entregado inteiramente aos instrumentos satânicos. As cidades das nações serão tratadas rigorosamente; contudo, não serão castigadas com a extrema indignação de Deus, porque algumas almas ainda se despregarão dos enganos do inimigo, arrepender-se-ão e se converterão, ao passo que as massas estarão entesourando ira para o dia do furor. -- Evangelismo, 27. VC 13 1 A iminência dos juízos de Deus -- Há razões de não devermos construir nas cidades. Sobre essas cidades, devem logo cair os juízos de Deus... -- Carta 158, 1902. VC 13 2 Está próximo o tempo em que grandes cidades serão destruídas, e todos devem ser advertidos destes juízos vindouros. -- Evangelismo, 29. VC 13 3 Oh, se o povo de Deus tivesse o senso da destruição iminente de milhares de cidades, agora quase entregues à idolatria!... -- The Review and Herald, 10 de Setembro de 1903. VC 13 4 Cena de grande destruição -- Na última sexta-feira, pela manhã, pouco antes de me acordar, uma cena muito impressionante me foi apresentada. Parecia que eu me havia acordado, mas não estava em meu lar. Das janelas eu podia avistar uma terrível conflagração. Grandes bolas de fogo caíam sobre as casas e destas bolas voavam flechas incandescentes em todas as direções. Era impossível apagar os fogos que se acendiam, e muitos lugares estavam sendo destruídos. O terror do povo era indescritível. -- Evangelismo, 28, 29. VC 13 5 Os esforços de Deus para despertar o povo -- Estando eu em Loma Linda, Califórnia, em 16 de Abril de 1906, uma cena assombrosíssima me foi revelada. Numa visão noturna, estava eu numa elevação de onde via as casas sacudidas como o vento sacode o junco. Os edifícios, grandes e pequenos, eram derrubados. Os sítios de recreio, teatros, hotéis e mansões suntuosas eram sacudidos e arrasados. Muitas vidas eram destruídas e os lamentos dos feridos e aterrorizados enchiam o espaço. VC 13 6 Os anjos destruidores, enviados por Deus, estavam atuando. A um simples toque, os edifícios tão solidamente construídos que os homens os consideravam à prova de qualquer perigo, ficavam reduzidos a um montão de escombros. Nenhuma segurança havia em parte alguma. Pessoalmente, eu não me sentia em perigo, mas não posso descrever as cenas terríveis que me foram apresentadas. Dir-se-ia que a paciência divina se tivesse esgotado, e houvesse chegado o dia do juízo. VC 14 1 O anjo que estava ao meu lado me disse, então, que poucas pessoas reconhecem a maldade imperante no mundo hodierno, especialmente nas grandes cidades. Declarou que o Senhor determinou um dia em que a Sua ira castigará os transgressores pelo persistente menosprezo de Sua lei. VC 14 2 Embora terrível, a cena que me foi revelada não me causou tanta impressão quanto as instruções que recebi nessa ocasião. O anjo que estava ao meu lado declarou que a suprema soberania de Deus, o caráter sagrado de Sua lei, devem ser manifestados aos que obstinadamente se recusam a obedecer ao Rei dos reis. Os que preferem permanecer infiéis serão feridos pelos juízos misericordiosos, a fim de que, se possível for, cheguem a despertar e aperceber-se da pecaminosidade do seu procedimento. -- Testemunhos Seletos 3:370, 371. VC 14 3 Perigo para aqueles que permanecem desnecessariamente -- De acordo com a luz que me foi dada, insisto com o povo para que saia dos grandes centros populosos. Nossas cidades estão se tornando cada vez mais ímpias, e cada vez mais se torna evidente que os que desnecessariamente nelas permanecem, fazem-no pondo em perigo a salvação de sua alma. -- Manuscrito 115, 1907. ------------------------Capítulo 2 -- Evitando conflitos trabalhistas VC 15 1 Saída para a liberdade das zonas rurais -- Bem depressa se aproxima o tempo em que o poder controlador dos Sindicatos será muito opressivo. Repetidas vezes tem o Senhor dado instruções de que nosso povo deve tirar suas famílias das cidades para o campo, onde poderão cultivar seu próprio mantimento; pois no futuro o problema de comprar e vender será bem sério. Devemos começar, agora, a atender às instruções que amiúde nos têm sido dadas: "Saí das cidades para as zonas rurais, onde as casas não são aglomeradas, e onde estareis livres da interferência dos inimigos." -- Carta 5, 1904. VC 15 2 Evitar as lutas partidárias -- Os homens têm-se aliado para se oporem ao Senhor dos exércitos. Essas alianças continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessão diante do trono da graça, e ponha as vestes de vingança. Em cada cidade há agentes satânicos organizando, ativamente, em partidos os que se opõem à lei de Deus. Professos santos e descrentes confessos tomam posição ao lado desses partidos. Não é este o tempo de o povo de Deus mostrar-se pusilânime. Não nos podemos permitir estar fora da guarda um só momento. -- Testimonies for the Church 8:42 (1904). VC 16 1 Dificuldades trabalhistas à frente -- Os sindicatos serão um dos instrumentos que trarão sobre a Terra um tempo de angústia tal como nunca houve desde o princípio do mundo. -- Carta 200, 1903. VC 16 2 Conflitos entre os sindicatos patronais e o operariado -- A obra do povo de Deus é preparar-se para os acontecimentos futuros, que logo lhes sobrevirão com força assombrosa. Formar-se-ão no mundo gigantescos monopólios. Os homens se unirão em sindicatos que os envolverão nas malhas do inimigo. Alguns homens combinarão segurar todos os meios que se possam obter em certos ramos de negócio. Formar-se-ão sindicatos, e os que a eles se recusam unir serão homens marcados. -- Carta 26, 1903. VC 16 3 Preparando-se para o acontecimento -- Os sindicatos e confederações do mundo são uma armadilha. Conservai-vos fora, e longe deles, irmãos. Nada tenhais a ver com eles. Por causa dessas uniões e confederações, logo será muito difícil nossas instituições levarem avante seu trabalho nas cidades. Minha advertência é: Conservai-vos fora das cidades. Não edifiqueis sanatórios nas cidades. Educai nosso povo a sair das cidades para o campo, onde possam obter um pequeno pedaço de terra, e fazer um lar para si e para seus filhos.... VC 16 4 Nossos restaurantes devem estar nas cidades; pois de outra maneira os obreiros desses restaurantes não poderiam alcançar o povo e ensinar-lhe os princípios do viver sadio. E, no presente, temos de ocupar casas de culto nas cidades. Mas dentro em breve haverá tal luta e confusão nas cidades, que os que as quiserem abandonar não o poderão fazer. Devemos estar preparando-nos para esses acontecimentos. Essa é a luz que me é dada. -- The General Conference Bulletin, 6 de Abril de 1903. VC 16 5 Para preservar nossa individualidade -- Durante anos me foi ministrada revelação especial acerca de nosso dever de não centralizar a nossa obra nas cidades. A agitação e confusão que enchem essas cidades, as condições que nelas criam as uniões trabalhistas e as greves, tornar-se-ão grande desvantagem para a nossa obra. Buscam os homens conseguir que os elementos empenhados em diferentes profissões se filiem a certas uniões. Esse não é o plano de Deus, mas de um poder que não devemos jamais reconhecer. A Palavra de Deus está se cumprindo; os ímpios estão-se ajuntando em molhos, prontos para serem queimados. VC 17 1 Devemos empregar agora toda a capacidade que nos foi confiada, no sentido de transmitir para o mundo a grande mensagem de advertência. Nesta obra, cumpre-nos preservar a nossa individualidade. Não nos devemos associar a sociedades secretas nem a uniões trabalhistas. Devemos permanecer livres perante Deus, à espera constante de instruções de Cristo. Todos os nossos atos deverão ser exercidos com a convicção da importância da obra a ser feita para Deus. -- Testemunhos Seletos 3:124, 125. VC 17 2 Em desrespeito ao Decálogo -- Essas uniões são um dos sinais dos últimos dias. Os homens estão se unindo em feixes prontos a ser queimados. Podem eles ser membros da igreja, mas enquanto pertencerem a essas uniões, possivelmente não poderão observar os mandamentos de Deus, pois pertencer a essas uniões significa desrespeitar todo o Decálogo. VC 17 3 "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo." Estas palavras resumem todo o dever do homem. Significam a consagração de todo o ser, corpo, alma e espírito, ao serviço de Deus. Como podem os homens obedecer a essas palavras e ao mesmo tempo comprometer-se a apoiar aquilo que priva seus vizinhos da liberdade de ação? E como podem os homens obedecer a essas palavras e formar combinações que roubam das classes mais pobres as vantagens que justamente lhes pertencem, privando-as de comprar ou vender, exceto sob certas condições? -- Carta 26, 1903. VC 18 1 Uniões formadas ou que ainda se formarão -- Aqueles que pretendem ser filhos de Deus, em caso algum devem unir-se às uniões trabalhistas já formadas, ou que ainda se formarão. A isso Deus proíbe. Não podem os que estudam as profecias ver e compreender o que adiante de nós está? -- Carta 201, 1902. ------------------------Capítulo 3 -- Um apelo aos pais VC 19 1 Conservai os filhos longe dos viveiros da iniqüidade -- Nenhuma vantagem temporal tente os pais a negligenciar o preparo dos filhos. Sempre que possível, é dever dos pais fazer casa no campo para os filhos. Devem as crianças e os jovens ser cuidadosamente guardados. Devem eles ser conservados longe dos focos da iniqüidade que se encontram em nossas cidades. Sejam rodeados pela influência de um lar verdadeiramente cristão -- um lar onde Cristo habita. -- Carta 268, 1906. VC 19 2 Antes que sobrevenha o dilúvio do açoite -- Antes que passe o dilúvio do açoite sobre os habitantes da Terra, o Senhor chama todos quantos são deveras israelitas a que se preparem para esse acontecimento. Ele envia aos pais o grito de advertência: Recolhei vossos filhos em vossa própria casa; afastai-vos dos que desrespeitam os mandamentos de Deus, que ensinam e praticam o mal. Saí o mais depressa possível das grandes cidades. Estabelecei escolas paroquiais. Dai a vossos filhos a Palavra de Deus como fundamento de toda a sua educação. -- Testemunhos Seletos 2:505. VC 19 3 Pelo Senhor me é ordenado que advirta nosso povo de que não corra em massa para as cidades para arranjar um lar para suas famílias. Aos pais e às mães, é-me ordenado dizer: Não deixeis de conservar vossos filhos dentro de vossos próprios postulados. -- Manuscrito 81, 1900. VC 20 1 A alma dos filhos versus facilidades e conforto -- Não mais sejam os filhos expostos às tentações das cidades maduras para a destruição. O Senhor tem-nos enviado advertência e conselho para que saiamos das cidades. Então, não façamos mais investimentos nas cidades. Pais e mães, como apreciais a alma de vossos filhos? Estais preparando os membros de vossas famílias para a trasladação para as cortes celestiais? Vós os estais preparando para se tornarem membros da família real? filhos do Rei celestial? "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" Como se compararão a facilidade, o conforto e a conveniência com o valor da alma de vossos filhos? -- Manuscrito 76, 1905. VC 20 2 Obtêm-se melhor as qualidades cristãs em lugares retirados -- Não há uma família em cem que melhore física, mental ou espiritualmente por estar residindo na cidade. Fé, amor, esperança, felicidade, podem-se obter com muito mais facilidade em lugares retirados, onde há campos, montanhas, e árvores. Levai vossos filhos para longe das atrações e sons da cidade, longe do ruído dos bondes e dos carros, e sua mente se tornará mais saudável. Verificar-se-á ser mais fácil inculcar-lhes no coração a verdade da Palavra de Deus. -- Manuscrito 76, 1905. VC 20 3 Enviai os filhos para escolas situadas na cidade onde todo aspecto de tentações está à espera para atraí-los e desmoralizá-los, e a tarefa de edificar o caráter será dez vezes mais árdua para os pais e os filhos. -- Fundamentos da Educação Cristã, 326. VC 20 4 O refúgio de lugares no campo -- Compreendam os pais que o preparo dos filhos é uma obra importante na salvação de almas. Em lugares campestres encontrar-se-á exercício abundante e útil ao fazerem-se as coisas que precisam ser feitas, e que darão saúde física por desenvolverem os nervos e os músculos. Saí das cidades, é minha mensagem para a educação de nossos filhos. VC 21 1 Deus deu aos nossos primeiros pais os meios da verdadeira educação, quando lhes ensinou o cultivo do solo e a cuidar de seu lar no jardim. Depois da entrada do pecado, pela desobediência às ordens do Senhor, a obra de cultivo do solo que devia ser feita foi grandemente multiplicada, pois a terra, devido à maldição, trouxe espinhos e cardos. Mas o trabalho em si mesmo não foi dado por causa do pecado. O grande Mestre abençoou, Ele mesmo, a obra de cultivo do solo. VC 21 2 "Como nos dias de Noé" -- É o propósito de Satanás atrair os homens e mulheres para as cidades, e para alcançar seu objetivo, inventa toda sorte de novidades, e divertimentos, toda espécie de excitação. E as cidades da Terra, hoje, vão-se tornando como as cidades de antes do dilúvio. VC 21 3 Devemos ter contínua preocupação ao vermos o cumprimento das palavras de Cristo. "E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:37. Nos dias anteriores ao dilúvio, inventou-se toda sorte de divertimentos para levar os homens e mulheres à negligência e ao pecado. Hoje, em 1908, Satanás está trabalhando com intensidade para que as mesmas condições más prevaleçam. E a Terra está se tornando corrompida. Pouco será respeitada a liberdade religiosa por professos cristãos, pois muitos deles nenhuma compreensão têm das coisas espirituais. VC 21 4 Não podemos deixar de ver que o fim do mundo está prestes a vir. Satanás está operando sobre a mente de homens e mulheres, e muitos parecem estar cheios do desejo de divertimentos e excitação. Como nos dias de Noé, toda espécie de mal está se multiplicando. O divórcio e o casamento estão na ordem do dia. Num tempo como este, deve o povo que procura guardar os mandamentos de Deus procurar lugares afastados, longe das cidades.... VC 22 1 Não é privação -- Quem será advertido? Outra vez dizemos: Saí das cidades. Não considereis uma grande privação terdes de ir para as colinas e montanhas, mas buscai esse retiro, onde podereis estar sozinhos com Deus, para aprender Sua vontade e Seu caminho.... VC 22 2 Insisto como nosso povo para tornar o trabalho de sua vida procurar a espiritualidade. Cristo está à porta. Por este motivo é que digo ao nosso povo: Não considereis uma privação serdes convidados a abandonar as cidades e mudar-vos para zonas rurais. Aí, ricas bênçãos aguardam aos que delas se quiserem apoderar. Contemplando as cenas da Natureza, as obras do Criador, estudando as obras das mãos de Deus, imperceptivelmente sereis transformados à mesma imagem. -- Manuscrito 85, 1908. VC 22 3 Para conseguir os melhores resultados na vida -- Uma residência dispendiosa, mobília trabalhada, ostentação, luxo e conforto, não proporcionam as condições essenciais a uma vida útil e feliz. Jesus veio a este mundo a fim de realizar a maior obra jamais efetuada entre os homens. Veio como embaixador de Deus, para nos mostrar a maneira de viver de modo a conseguir na vida os melhores resultados. Quais foram as condições escolhidas pelo Pai infinito para Seu Filho? Uma habitação isolada nas colinas da Galiléia; um lar mantido pelo trabalho honesto e respeitável; vida de simplicidade; luta diária com as dificuldades e provações; abnegação, economia e serviço paciente, feito com contentamento; a hora de estudo ao pé de Sua mãe, com o rolo aberto das Escrituras; a serenidade da alvorada ou do crepúsculo no verdor do vale; o sagrado ministério da Natureza; o estudo da criação e da providência; a comunhão da alma com Deus; tais foram as condições e oportunidades dos primeiros anos de vida de Jesus. VC 23 1 A herança campestre de homens nobres -- O mesmo acontece com a maioria dos melhores e mais nobres homens de todos os séculos. Lede a história de Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi e Eliseu. Estudai a vida dos homens de épocas posteriores, que mais honrosamente ocuparam posições de confiança e responsabilidade, homens cuja influência foi mais eficaz no erguimento do mundo. VC 23 2 Quantos deles não foram criados num lar campestre! Pouco conheciam de luxo. Não gastaram o tempo da juventude em diversões. Muitos deles foram obrigados a lutar com a pobreza e privações. Aprenderam primeiramente a trabalhar, e sua vida ativa ao ar livre, deu-lhes elasticidade, e vigor a todas as faculdades. Forçados a contar unicamente com os próprios recursos, aprenderam a combater as dificuldades, a vencer os obstáculos, e adquirirem ânimo e perseverança. Abrigados, por assim dizer, das más companhias, satisfaziam-se com os prazeres naturais, com uma camaradagem sã. Eram simples nos gostos e de hábitos moderados. Regiam-se por princípios, e cresciam puros, robustos e leais. Ao terem que dedicar-se a um meio de vida, levavam para esse trabalho vigor físico e mental, boa disposição de espírito, capacidade de conceber e executar planos, e firmeza para resistir ao mal, o que os tornava no mundo uma força positiva para o bem. VC 23 3 Melhor do que a riqueza -- A melhor de todas as heranças que podeis legar a vossos filhos, é o dom de um corpo sadio, mente sã e caráter nobre. Os que compreendem o que constitui o verdadeiro êxito da vida, serão sábios em boa hora. Ao escolherem um lar, terão em vista os bens mais preciosos da vida. VC 23 4 Em vez de morar onde só se podem ver as obras dos homens, onde o que se vê e ouve, freqüentemente sugere pensamentos maus, onde a balbúrdia e a confusão produzem fadiga e desassossego, ide para um lugar onde possais contemplar as obras de Deus. Buscai tranqüilidade de espírito na beleza, quietude e paz da Natureza. Descanse o olhar nos campos verdejantes, nos bosques e colinas. Erguei os olhos ao céu azul, não obscurecido pelo pó e fumaça das cidades, e aspirai o ar celeste e revigorador. Ide para um lugar onde, separados das diversões e extravagâncias da vida da cidade, possais ser companheiros para vossos filhos, ensinando-os a conhecer a Deus mediante Suas obras, e preparando-os para uma vida íntegra e útil. -- A Ciência do Bom Viver, 365-367. VC 24 1 Os múltiplos benefícios da vida ativa ao ar livre -- Seria bom para vós, pordes de lado os cuidados que vos deixam perplexos e procurardes um retiro no campo, onde não há uma influência tão forte para corromper a moral dos jovens. VC 24 2 Verdade é que nunca estaríeis inteiramente livres dos aborrecimentos e embaraçadores cuidados do campo, mas ali evitaríeis muitos males e fecharíeis a porta a um dilúvio de tentações que ameaçam dominar a mente de vossos filhos. Eles precisam de ocupação e variação. A monotonia do seu lar, torna-os desassossegados e impertinentes, e têm contraído o hábito de se misturarem com os meninos viciados da cidade, obtendo assim uma educação de rua.... VC 24 3 Morar no campo ser-lhes-ia muito benéfico; a vida ativa ao ar livre desenvolveria tanto a saúde da mente como a do corpo. Deveriam eles ter um jardim para cultivar, onde pudessem encontrar entretenimento e ocupação útil. O arranjo de plantas e flores contribui para o desenvolvimento do gosto e do juízo, ao mesmo tempo que a familiarização com as úteis e belas criações divinas exerce sobre a mente uma influência aperfeiçoadora e enobrecedora, dirigindo-a para o Autor e Senhor de tudo. -- Testimonies for the Church 4:136 (1876). VC 24 4 Não espereis milagres para desfazer os resultados de um rumo errado -- Olho para estas flores, e cada vez que as vejo penso no Éden. São uma expressão do amor de Deus por nós. Assim nos dá Ele, neste mundo, uma pequenina prova do Éden. Quer que nos deleitemos nas belas coisas de Sua criação, e que nelas vejamos uma expressão do que Ele deseja fazer em nosso favor. VC 25 1 Ele quer que vivamos num lugar em que possamos ter bastante largueza. Seu povo não se deve apinhar nas cidades. Quer que eles tirem sua família das cidades, para que melhor se possam preparar para a vida eterna. Dentro em breve terão de abandonar as cidades. VC 25 2 Essas cidades estão repletas de toda espécie de iniqüidade -- com conflitos e assassínios e suicídios. Satanás está nelas, controlando os homens em sua obra de destruição. Sob sua influência, matam pelo gosto de matar, e isso farão cada vez mais.... VC 25 3 Se nós mesmos nos colocamos sob influências objetáveis, poderemos esperar que Deus opere um milagre para desfazer os resultados de nossa atitude errada? De maneira nenhuma. Saí das cidades o mais depressa possível, e comprai um pequeno trato de terra, onde possais ter um jardim, em que vossos filhos possam ver as flores crescerem e delas aprenderem lições de simplicidade e pureza. -- The General Conference Bulletin, 20 de Março de 1903. ------------------------Capítulo 4 -- Ocupações em zonas rurais VC 26 1 Terra para suprir nossas necessidades -- Caso a terra seja cultivada, há de, com a bênção de Deus, suprir nossas necessidades. Não nos devemos desanimar por causa de coisas temporais, por causa de aparentes fracassos, nem ficar desalentados pela demora. Cumpre-nos lavrar animosamente o solo, com esperança e gratidão, crendo que a terra contém em seu seio fartos depósitos para o trabalhador fiel enceleirar -- depósitos mais preciosos do que a prata e o ouro. A escassez que lhe é atribuída é um falso testemunho. Com o cultivo apropriado, inteligente, a terra dará seus tesouros para benefício do homem. As montanhas e os montes estão mudando; a terra está envelhecendo como um vestido; mas a bênção de Deus, que estende uma mesa para Seu povo no deserto, nunca faltará. VC 26 2 Acham-se diante de nós tempos sérios, e grande é a necessidade de famílias saírem das cidades para o campo, a fim de que a verdade seja levada pelos valados, assim como pelos caminhos principais da Terra. Muito depende de fazermos nossos planos segundo a Palavra do Senhor, levando-os a efeito com perseverante energia. Depende mais de consagrada atividade e perseverança do que de inteligência e do saber adquirido nos livros. Todos os talentos e aptidões concedidos aos instrumentos humanos, uma vez que não sejam usados, de pouco valor são. VC 26 3 A volta a métodos mais simples, será apreciada pelas crianças e jovens. O trabalho no jardim e no campo, será aprazível mudança da fatigante rotina das lições abstratas a que nunca se deveria limitar sua mente juvenil. Para a criança nervosa, que acha as lições dos livros exaustivas e difíceis de lembrar, será isso de especial valor. Há saúde e satisfação para ela no estudo da Natureza; e as impressões causadas não se lhe apagarão da memória, pois se acharão associadas a objetos que estão continuamente diante de seus olhos. -- Testemunhos Seletos 2:493, 494. VC 27 1 Com um pedaço de terra e uma casa confortável -- Deve-se fazer com que a terra dê sua força, mas, sem a bênção de Deus, nada poderia ela fazer. No princípio, olhou Deus para tudo quanto Ele tinha feito, e declarou que era muito bom. A maldição veio sobre a Terra como conseqüência do pecado, mas será essa maldição multiplicada pelo aumento do pecado? A ignorância está realizando sua obra funesta. Servos indolentes estão aumentando o mal por meio de seus hábitos preguiçosos. Muitos não desejam ganhar o pão com o suor de sua fronte, e recusam cultivar o solo. Mas a terra tem bênçãos ocultas nas suas profundezas para os que têm coragem, vontade e perseverança para lhe ajuntar os tesouros. Os pais e mães que possuem um pedaço de terra e um lar confortável, são reis e rainhas. VC 27 2 Muitos agricultores têm falhado em arrancar do solo adequado lucro porque empreendem o trabalho como se ele fosse ocupação degradante; não vêem que há nele uma bênção para si e suas famílias. Tudo que podem discernir é o estigma de servidão. Seus pomares são negligenciados, as colheitas não são guardadas no tempo certo e é feito apenas um trabalho superficial no cultivo do solo. -- Fundamentos da Educação Cristã, 327. VC 27 3 Sugerem-se frutas, verduras e aves domésticas para uma certa região -- Nesta vizinhança há um grande trato de terra desocupado. Alguns, dentre nosso povo, que estão vivendo na atmosfera envenenada das cidades, poderiam, com proveito, adquirir uns poucos acres dessa terra. Poderiam manter-se plantando frutas e verduras e criando aves domésticas. Alegremente, o Sanatório compraria deles ovos e verduras. Eu gostaria que se iniciasse algum empreendimento assim. Grande bênção adviria aos pais e aos filhos, se deixassem as cidades ímpias e poluídas e fossem para a roça. -- Carta 63, 1904. VC 28 1 A vida no campo -- uma bênção para o pobre -- Se os pobres agora aglomerados nas cidades, encontrassem habitações no campo, poderiam, não somente ganhar a subsistência, mas encontrar a saúde e a felicidade que hoje desconhecem. Trabalho árduo, comida simples, estrita economia, muitas vezes durezas e privações, eis o que seria sua sorte. Mas que bênção lhes seria deixar a cidade com suas excitações para o mal, sua agitação e crime, sua miséria e torpeza, para a quietude, a paz e pureza do campo! VC 28 2 Para muitos dos que residem nas cidades, sem ter um cantinho de relva verde em que pisar, que olham ano após ano para pátios imundos, becos estreitos, paredes e pavimentos de tijolo e céus nublados de poeira e fumo -- pudessem eles ser levados a algum distrito agrícola, circundado de verdes campinas, matas, colinas e riachos, os límpidos céus e o ar fresco e puro dos campos, isto lhes pareceria quase um paraíso. VC 28 3 Separados em grande parte do contato do homem e da dependência deles, afastados dos conceitos e costumes corruptores do mundo e de suas excitações, aproximar-se-iam mais do coração da Natureza. A presença de Deus lhes seria mais real. Muitos aprenderiam a lição da confiança nEle. Mediante a Natureza, ouvir-Lhe-iam a voz comunicando-lhes Sua paz e Seu amor ao coração; e espírito e alma e corpo corresponderiam ao restaurador e vivificante poder. -- A Ciência do Bom Viver, 190-192. VC 29 1 Indústrias para as famílias da cidade -- Para que possam salvar os filhos da ruína, terão os crentes que agora moram na cidade de se mudar para o campo. Deve-se dar atenção ao estabelecimento de indústrias nas quais essas famílias possam arranjar emprego. Os encarregados do trabalho na escola de _____ e na de _____ devem ver o que essas instituições podem fazer para estabelecer essas indústrias, para que as pessoas de nosso povo que desejarem abandonar as cidades possam obter casas modestas sem grande dispêndio de meios, e também possam achar emprego. Tanto em _____ como em _____ há condições favoráveis e encorajadoras para o desenvolvimento desse plano. Estudai quais são essas condições. Não se pode especificar tudo o que precisa ser feito até que se dê o início. Orai sobre o assunto, e lembrai-vos de que Deus está ao leme, de que Ele está dirigindo o trabalho dos vários empreendimentos. Um lugar em que o trabalho é realizado da maneira certa é uma lição objetiva para os outros lugares. Não deve haver mesquinhez, nem egoísmo, no trabalho feito. Deve este ser colocado em bases simples e judiciosas. Devem ser todos ensinados, não somente a professar crer na verdade como sendo a verdade, mas também a exemplificá-la na vida diária. -- Carta 25, 1902. VC 29 2 Indústria de alimento saudável -- Deve estabelecer-se aqui [Avondale] o negócio de alimento saudável. Deve ser esta uma das indústrias ligadas à escola. Deus me mostrou que os pais podem achar trabalho nessa indústria, e mandar seus filhos à escola. Mas tudo o que for feito, deve ser feito com a maior simplicidade. Não deve haver extravagância em coisa alguma. É necessário fazer um trabalho bem sólido, porque, a não ser que este seja feito solidamente, experimentar-se-á, como resultado, o desmazelo. -- Australasian Union Conference Record, 28 de Julho de 1899. ------------------------Capítulo 5 -- Preparando-se para a crise da lei dominical VC 30 1 Tempos turbulentos estão perante nós -- Não nos devemos colocar onde sejamos forçados a estar em íntima relação com os que não honram a Deus.... Brevemente virá uma crise quanto à observância do domingo.... VC 30 2 O grupo dominical está se fortalecendo em suas falsas pretensões, e isso significará opressão aos que decidem observar o sábado do Senhor. Devemos colocar-nos onde possamos observar o mandamento do sábado na sua plenitude. "Seis dias trabalharás", declara o Senhor, "e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra." E devemos ter o cuidado de não nos colocarmos no lugar em que se torne difícil a nós e nossos filhos guardarmos o sábado. VC 30 3 Se, pela providência divina, pudermos conseguir um lugar distante das cidades, o Senhor quer que o façamos. Tempos turbulentos estão diante de nós. -- Manuscrito 99, 1908. VC 30 4 Tende pressa em preparar-vos -- Sempre que o poder de que os reis estão investidos se alia à bondade, é porque aquele que está em responsabilidade está sob as ordens divinas. Quando o poder se alia à impiedade, alia-se a agentes satânicos, e trabalhará para destruir os que são propriedade do Senhor. O mundo protestante erigiu um sábado idólatra no lugar em que devia estar o sábado do Senhor, e está andando nas pisadas do Papismo. Por essa razão, vejo a necessidade de o povo de Deus se mudar das cidades para campos retirados [lugares], onde possam cultivar a terra e produzir sua própria provisão. Assim poderão criar os filhos com hábitos simples e salutares. Vejo a necessidade de se apressarem para terem todas as coisas prontas para a crise. -- Carta 90, 1897. ------------------------Capítulo 6 -- Colonização nos centros institucionais VC 32 1 Não nos devemos agrupar -- Nos nossos dias, o Senhor deseja que o Seu povo fique disperso sobre a Terra. Não devem agrupar-se. Jesus disse: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Marcos 16:15. Quando os discípulos seguiram sua inclinação de permanecerem em grande número em Jerusalém, foi permitido que lhes sobreviesse a perseguição, e eles foram espalhados por todas as partes do mundo habitado. VC 32 2 Anos a fio, têm vindo mensagens de advertência e de súplica, ao nosso povo, premindo-os a saírem para o grande campo da seara do Mestre, e trabalharem desinteressadamente em favor das almas. -- Testimonies for the Church 8:205 (1904). VC 32 3 Espalhai-vos pelos lugares ainda não advertidos -- Muitos dos membros de nossas igrejas grandes relativamente nada fazem. Poderiam eles realizar um bom trabalho se, em vez de se aglomerarem, se dispersassem em lugares ainda não atingidos pela verdade. As árvores plantadas junto demais umas das outras não se desenvolvem. São elas transplantadas pelo hortelão a fim de terem espaço para crescer, e não ficarem mirradas e débeis. O mesmo procedimento daria bons resultados em nossas igrejas grandes. Muitos membros estão morrendo espiritualmente por falta desse mesmo trabalho. Estão-se tornando fracos e incapazes. Transplantados que fossem, teriam espaço para crescer fortes e vigorosos. VC 33 1 Não é desígnio de Deus que Seu povo forme colônias, ou se agrupe em grandes comunidades. Os discípulos de Cristo são representantes Seus na Terra, e Deus tem por desígnio que se disseminem por todo o país, nas cidades e vilas, como luzes em meio às trevas do mundo. Devem ser missionários de Deus, testificando, por sua fé e obras, da proximidade da vinda do Salvador. VC 33 2 Onde houver oportunidade de ganhar a subsistência -- Os membros de nossas igrejas podem realizar um trabalho que, por enquanto, mal iniciaram. Nenhum deles deverá mudar-se para outras localidades simplesmente por interesse de vantagens terrenas; mas aonde houver oportunidade de ganhar a subsistência, vão as famílias que estejam bem firmadas na verdade, uma ou duas numa localidade, para trabalhar como missionários. Deverão sentir amor às almas, a responsabilidade de por elas trabalharem, e estudar a maneira de atraí-las para a verdade. Poderão distribuir as nossas publicações, realizar reuniões em suas casas, fazer-se amigos dos vizinhos, e convidá-los para freqüentarem essas reuniões. Dessa maneira poderão fazer brilhar a sua luz por meio de boas obras. -- Testemunhos Seletos 3:280. VC 33 3 Não deixeis que as atrações das instituições vos engodem -- Os que estão inclinados a estabelecer-se nas proximidades de nossa casa publicadora ou de nosso sanatório e escola em Takoma Park, devem pedir conselho antes de se mudarem. VC 33 4 Desejo dizer aos que estão olhando para Mountain View como um lugar propício para morar pelo fato de que será estabelecida ali a Pacific Press: Olhai para outras partes do mundo que necessitam da luz que recebestes em custódia. Lembrai-vos de que Deus deu a cada homem a sua obra. Escolhei alguma localidade em que tereis oportunidade de deixar vossa luz brilhar no meio das trevas morais. VC 34 1 Sempre se dá o caso de que quando uma instituição é estabelecida num lugar, há muitas famílias que desejam estabelecer-se perto dela. Assim tem sido em Battle Creek e em Oakland, e, até certo ponto, em quase todos os lugares em que temos uma escola ou um sanatório. -- Fundamentos da Educação Cristã, 494, 495. VC 34 2 Não estabeleçais centros de Jerusalém -- Nosso povo não deve... considerar _____ como sendo um centro de Jerusalém. Não pensem eles que, visto certo número de nossos irmãos serem chamados para se ligarem a nossa obra de publicações aqui, é este um lugar para grande quantidade de nosso povo se estabelecer com suas famílias. E todo aquele que está ligado ao escritório conserve-se de prontidão para partir, se Deus o chamar para algum novo lugar. -- Manuscrito 148, 1905. VC 34 3 Não vos aglomereis num só lugar, cometendo o mesmo erro que foi cometido em Battle Creek. Há centenas de lugares que precisam da luz que Deus vos deu. -- Fundamentos da Educação Cristã, 495. VC 34 4 Ficai nas igrejas pequenas -- iniciai novas escolas -- Muitas famílias que, com o intuito de educar seus filhos, se mudam para lugares onde se acham situadas nossas grandes escolas, fariam melhor serviço ao Mestre permanecendo onde estão. Devem animar a igreja de que são membros, a estabelecer uma escola paroquial em que as crianças dos arredores recebam uma educação cristã prática, bem equilibrada. Seria muitíssimo melhor para seus filhos, para eles próprios e para a causa de Deus, se eles permanecessem nas igrejas menores, onde seu auxílio é necessário, em vez de irem para as maiores onde, devido a não serem ali necessários, há constante tentação a cair em inatividade espiritual. VC 35 1 Onde quer que haja alguns observadores do sábado, os pais se devem unir para providenciar um lugar para uma escola em que suas crianças e jovens possam ser instruídos. Empreguem um professor cristão que, como consagrado missionário, eduque as crianças de tal maneira que os induza a se tornarem missionários. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 155, 156. VC 35 2 Como os anjos devem se sentir -- Penso em como os anjos devem se sentir vendo o fim aproximar-se e os que professam ter o conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem Ele enviou, acotovelando-se, formando colônias, e assistindo às reuniões, e sentindo-se desanimados e insatisfeitos quando não há muita pregação para lhes beneficiar a alma e fortalecer a Igreja, enquanto, literalmente, eles nada estão fazendo. -- Carta 16e, 1892. VC 35 3 Ampliar e expandir -- mas não em um centro -- O povo está sendo animado a se centralizar em Battle Creek, e dão o dízimo e exercem sua influência para a edificação de uma moderna Jerusalém que não é segundo a ordem de Deus. Nessa obra outros lugares são despojados de facilidades que deviam ter. Aumentai, sim, ampliai; mas não num só lugar. Ide e estabelecei centros de influência em lugares em que nada ou quase nada foi feito. Parti vossa massa consolidada; difundi os salvadores raios de luz, e irradiai a luz pelos recantos obscurecidos da Terra. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 254, 255. ------------------------Capítulo 7 -- Guiado pela providência divina VC 36 1 Conforme Deus abre o caminho -- É chegado o tempo em que, conforme Deus abra o caminho, devem as famílias mudar-se para fora das cidades. Os filhos devem ser levados para o campo. Devem os pais procurar um lugar agradável, segundo lho permitam os recursos. Embora a casa seja pequena, deve, contudo, haver um pedaço de terra ligado com ela, que possa ser cultivado. -- Manuscrito 50, 1903. VC 36 2 Deus ajudará seu povo -- Os pais podem adquirir pequenas propriedades no campo, com terras para cultivo, onde podem ter pomares e cultivar hortaliças e pequenos frutos que tomem o lugar da carne, que é tão corruptora ao fluido vital que corre através das veias. Em tais lugares os filhos não estarão rodeados das corruptoras influências da vida da cidade. Deus ajudará Seu povo a encontrar lares como estes fora das cidades. -- Medicina e Salvação, 133 (1902); Medicina e Salvação, 310. VC 36 3 Para ajudar a abrir o caminho -- Conforme o tempo avança, cada vez mais terá nosso povo de sair das cidades. Durante anos temos recebido a instrução de que nossos irmãos e irmãs, e especialmente as famílias que têm filhos, devem fazer planos para abandonar as cidades, conforme diante deles se abra o caminho para fazê-lo. Muitos terão de trabalhar fervorosamente para ajudar a abrir o caminho. Mas até que seja possível saírem, durante todo o tempo que ali permanecerem, devem ser muito ativos em fazer trabalho missionário, por mais limitada que seja a sua esfera de influência. -- The Review and Herald, 27 de Setembro de 1906. VC 37 1 Conselhos e admoestação para os que antecipam a saída das cidades -- [Uma comunicação escrita a 22 de Dezembro de 1893, em resposta a uma carta de um obreiro preeminente de Battle Creek, informando a Sra. White de que, em resposta à admoestação de que nosso povo devia mudar-se de Battle Creek, "de uma a duas centenas" de pessoas se estavam preparando para sair "o mais breve possível". -- Os Compiladores] VC 37 2 Vossa carta me diz, meu irmão, que há muitas pessoas que estão profundamente excitadas no sentido de se mudarem de Battle Creek. Há necessidade, grande necessidade de esse trabalho ser feito, e agora. Aqueles que têm sentido, finalmente, que se devem mudar, não o façam às pressas, com excitação, de maneira precipitada, ou de um modo em que, no futuro, se tenham de arrepender profundamente de se haverem mudado. VC 37 3 Cuidai de que não haja movimentos precipitados, em atenção ao conselho de se mudarem de Battle Creek. Não façais coisa alguma sem buscar sabedoria de Deus, que promete dar liberalmente a todo aquele que a pede, e o não lança em rosto. Tudo o que qualquer pessoa pode fazer é advertir e aconselhar, e então deixar os que estão convictos quanto ao dever mudarem-se sob a direção divina, de coração totalmente disposto a aprender e a obedecer a Deus. VC 37 4 Fico perturbada, quando considero que até pode haver alguns de nossos professores que necessitem ser mais equilibrados e de são juízo. Aos mensageiros que levam a mensagem de misericórdia ao nosso mundo, e em quem o povo confia, serão feitos apelos pedindo conselho. Grande cuidado devem ter esses homens que não têm uma genuína experiência na vida prática, e que correm o perigo de dar conselhos sem saber o que esses conselhos poderão levar outros a fazer. VC 38 1 O dom de aconselhar -- Certos homens podem ver claramente as questões, tendo habilidade em aconselhar. Isso é um dom de Deus. Nos momentos em que a causa de Deus necessita de uma palavra, de maneira correta, solene e sólida, podem eles falar palavras que levam mentes perplexas e em trevas a verem como em um rápido lampejo de luz do Sol o rumo que devem seguir, o [problema] que os enchera de perplexidade e lhes confundira a mente, num estudo que levara semanas e meses. Há um esclarecimento, um aclaramento do caminho que diante deles está, e o Senhor deixa a Sua luz penetrar e eles vêem que suas orações são respondidas, que seu caminho se torna claro. Mas pode ser dado algum conselho precipitado: tão-somente saí de Battle Creek; nada havendo, não obstante, claramente definido quanto à melhora obtida no progresso espiritual, para si ou para os outros, ao assim fazer. VC 38 2 Considerai cuidadosamente cada mudança -- Cada qual tome tempo para considerar cuidadosamente e não ser como o homem da parábola que começou a edificar e não pôde terminar. Nenhuma mudança deve ser feita sem que tal passo e tudo o que ele implica sejam cuidadosamente considerados -- tudo pesado.... A todo homem é dada sua obra segundo a sua variada aptidão. Então, não se mude ele hesitantemente, mas com firmeza, no entanto confiando humildemente em Deus. VC 38 3 Pode haver indivíduos que façam tudo precipitadamente, e entrem em algum negócio de que nada sabem. Deus não exige tal coisa. Pensai com simplicidade, de maneira piedosa, estudando a Palavra de Deus com todo o cuidado e devoção, tendo o espírito e o coração despertos para ouvir a voz de Deus.... É uma grande coisa conhecer a vontade de Deus.... VC 39 1 Há necessidade de planos bem definidos -- Dirijo algumas palavras à igreja de Battle Creek, para que se mudem segundo o conselho de Deus. Há necessidade de vos mudardes -- muitos dos de Battle Creek -- e também é necessário que tenhais planos bem definidos quanto ao que haveis de fazer quando sairdes de Battle Creek. Não saiais à pressa, sem saberdes o que estais fazendo.... Quem nos dera generais, homens sábios e prudentes, bem equilibrados, que sejam sábios conselheiros, que tenham algum conhecimento íntimo da natureza humana, que saibam dirigir e aconselhar no temor de Deus. VC 39 2 Há perigo em cada nova experiência -- Vi que há perigo em cada nova fase de experiência na igreja, porque alguns ouvem coisas com um espírito tão forte. Embora alguns professores sejam fortes e eficientes no ensino, no ramo das doutrinas bíblicas, nem todos eles são homens que têm conhecimento da vida prática, e possam aconselhar mentes perplexas, com certeza e segurança. Não discernem a situação embaraçosa que certamente sobrevirá a cada família que faça uma mudança. Portanto, sejam todos cuidadosos quanto ao que dizem; se não sabem qual é a vontade de Deus em algum assunto, nunca falem segundo imaginam ou supõem. Se não sabem uma coisa definida, digam-no, e deixem a pessoa fiar-se inteiramente em Deus. Façam-se muitas orações, até mesmo com jejum, para que ninguém se mude nas trevas, mas na luz, como Deus está na luz.... VC 40 3 Agi cautelosamente -- Nada se faça de maneira desordenada, para que não haja grande perda ou sacrifício de propriedade, devido a discursos ardentes e impulsivos que despertam um entusiasmo que não é segundo a vontade de Deus; para que, por falta de equilibrada moderação, da devida contemplação, e de sãos princípios e propósitos, uma vitória que necessitava ser ganha se transforme em derrota. Haja sábia liderança nessa questão, e todos se mudem sob a orientação de um Conselheiro sábio e invisível, que é Deus. Elementos humanos lutarão pelo domínio, e pode ser que se faça uma obra que não tenha a aprovação divina. Rogo, agora, a toda alma que não se volte tão vigorosa e confiadamente para os conselheiros humanos, mas busque mais fervorosamente a Deus, Aquele que é sábio em conselhos. Submetei todos os vossos caminhos e a vossa vontade aos caminhos e à vontade de Deus.... VC 40 1 O resultado das mudanças apressadas -- Caso algumas pessoas se mudem apressadamente, fugindo de Battle Creek, e sejam levadas ao desânimo, não trarão descrédito sobre si mesmas, mas sobre outras que elas acusarão de sobre elas terem exercido pressão. A culpa de toda a sua confusão e derrota é lançada sobre aqueles que de maneira alguma deveriam ser desacreditados... VC 40 2 Agora, justamente agora, é o tempo em que os perigos dos últimos dias se estão avolumando ao nosso redor, e necessitamos de homens sábios como conselheiros e não de homens que achem ser seu dever incentivar e criar desordens e que possivelmente não possam dar um conselho sábio, organizar e cuidar de que cada despertamento tire ordem da confusão, e descanso e paz da obediência à Palavra do Senhor. Que cada homem se encontre no seu devido lugar, para fazer algum trabalho em favor do Mestre, segundo a sua variada capacidade... VC 40 3 Como se fará isso? "Tomai sobre vós o Meu jugo", disse Jesus Cristo que vos comprou com o Seu precioso sangue, e de quem sois servos e sois propriedade, "e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve." Se cada um for a Jesus com um espírito susceptível de ser ensinado, com coração contrito, então sua mente estará em condições de ser instruída, de aprender de Jesus e obedecer às Suas ordens.... VC 41 1 Ponde cada plano diante de Deus -- Não podemos ter, agora, uma fé fraca; não podemos estar seguros se mantivermos uma atitude desatenta, indolente, de inatividade. Deve-se usar cada partícula de habilidade e pensar de maneira aguda, calma e profunda. Na época atual, a sabedoria de qualquer instrumento humano não é suficiente para elaborar planos e fazer projetos. Apresentai cada plano a Deus com jejum, [e] com coração humilde diante do Senhor Jesus, e entregai vossos caminhos ao Senhor. A promessa segura é: Ele endireitará as tuas veredas. Seus recursos são infinitos. O Santo de Israel, que chama as hostes celestes pelo nome, e mantém as estrelas do céu na sua posição, Ele vos tem sob o Seu cuidado.... VC 41 2 Gostaria que todos pudessem reconhecer quantas possibilidades e probabilidades há para todos os que fazem de Cristo a sua suficiência e sua confiança. A vida que está escondida com Cristo em Deus sempre tem um refúgio; pode dizer: "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece." VC 41 3 Deixo convosco esta questão; pois tenho estado preocupada e perturbada quanto aos perigos que assediam a todos os que estão em Battle Creek, temendo que procedam imprudentemente e dêem vantagem ao inimigo. E isso não precisa acontecer, pois se andarmos humildemente com Deus, andaremos seguros. -- Carta 45, 1893. ------------------------Capítulo 8 -- Nossos centros institucionais devem estar fora das áreas congestionadas VC 42 1 Localização apropriada das instituições -- Ainda está sendo dada a instrução: Mudai-vos das cidades. Estabelecei vossos sanatórios, escolas e escritórios longe dos centros populosos. Muitos, agora, suplicarão que lhes seja permitido permanecer nas cidades, mas breve virá o dia em que todos os que desejam evitar cenas e sons malignos se mudarão para o campo, pois a impiedade e a corrupção crescerão a tal ponto que a própria atmosfera das cidades parecerá poluída. -- Carta 26, 1907. VC 42 2 Para evitar a tentação e a corrupção -- Algumas pessoas têm desejado saber por que nosso escritório de publicações se deve mudar de Oakland para Mountain View. Deus está rogando a Seu povo que abandone as cidades. Não devem os jovens que estão ligados às nossas instituições ficar expostos às tentações e à corrupção que campeiam nas grandes cidades. Mountain View parece ser um local favorável para a tipografia. -- Manuscrito 148, 1905. VC 42 3 Tempos tempestuosos estão à nossa frente -- Este desastre [o incêndio do prédio da Review and Herald] pode causar decidida mudança na situação. Espero que nossos irmãos considerem a lição que Deus lhes está procurando ensinar, e não reconstruam a casa publicadora em Battle Creek. O que Deus quer dizer é que não nos devemos localizar nas cidades, pois tempos bem tempestuosos estão diante de nós. -- Carta 2, 1903. VC 43 1 Onde os jovens podem ser ensinados com maior eficiência -- Deus nos tem enviado uma advertência após outra de que nossas escolas, casas publicadores e sanatórios devem ser estabelecidos fora da cidade, em lugares em que se possa ensinar à juventude, com maior eficiência, o que é a verdade. Ninguém tente usar os Testemunhos para vindicar o estabelecimento de grandes interesses comerciais nas cidades. Não torneis sem efeito a luz dada sobre o assunto. VC 43 2 Levantar-se-ão homens falando coisas perversas, para impedir os próprios movimentos que o Senhor está levando Seus servos a fazerem. Mas já é tempo de os homens e mulheres raciocinarem da causa para o efeito. É tarde, tarde demais para estabelecer grandes firmas comerciais nas cidades -- tarde demais para chamar moços e moças do campo para a cidade. Estão-se criando, nas cidades, certas condições que tornarão muito difícil aos que são da nossa fé, nelas permanecerem. Seria, portanto um grande erro investir dinheiro no estabelecimento de interesses comerciais nas cidades. -- Manuscrito 76, 1905. VC 43 3 Trabalhar nas cidades partindo dos postos avançados -- Tanto quanto possível, nossas instituições devem localizar-se fora das cidades. Devemos ter obreiros para essas instituições, e se elas estiverem localizadas na cidade, vem isso significar que famílias de nosso povo devem fixar-se perto delas. Mas não é a vontade de Deus que Seu povo fixe residência nas cidades, onde há constante agitação e confusão. Deveriam poupar a seus filhos tal coisa; pois todo o organismo é prejudicado pela correria, precipitação e barulho. O Senhor deseja que Seu povo se mude para o campo, onde se poderá estabelecer na terra, cultivar suas próprias frutas e verduras, e onde os filhos poderão estar em contato direto com as obras de Deus na Natureza. Minha mensagem é: Tirai vossas famílias das cidades. VC 44 1 Quer os homens ouçam quer não, a mensagem deve ser dada. As cidades estão cheias de tentação. Devemos planejar nosso trabalho de tal maneira que conservemos nossos jovens o mais longe possível dessa contaminação. VC 44 2 Deve-se fazer o trabalho nas cidades partindo dos postos avançados. Disse o mensageiro de Deus: "Não serão advertidas as cidades? Sim; não porque o povo de Deus nelas reside, mas ao visitá-las, para adverti-las do que está para sobrevir à Terra." -- Carta 182, 1902. VC 44 3 Com fácil acesso às cidades -- Sejam designados homens de são juízo, não para publicar à larga suas intenções, mas para investigar tais propriedades em distritos rurais, de fácil acesso às cidades, apropriadas para pequenas escolas de preparo para obreiros, e onde se possam também prover condições para tratamento de enfermos e cansadas almas que não conhecem a verdade. Procurai tais lugares exatamente fora das grandes cidades, onde se possam adquirir apropriados edifícios, seja como doação por parte dos proprietários, ou comprados a preço razoável, com os donativos de nosso povo. Não levanteis edifícios em cidades ruidosas. -- Medicina e Salvação, 308, 309. VC 44 4 Lições de Enoque e Ló -- Como guardadores dos mandamentos de Deus, temos de deixar as cidades. Como fez Enoque, devemos trabalhar nas cidades mas não morar nelas. -- Evangelismo, 77, 78 (1899). VC 44 5 Quando a iniqüidade predomina numa nação, sempre deve ser ouvida uma voz de advertência e orientação, como a voz de Ló se fez ouvir em Sodoma. Contudo, Ló poderia ter preservado de muitos males a família, se não houvesse estabelecido seu lar naquela pecaminosa e contaminada cidade. Tudo quanto Ló e a família fizeram em Sodoma, poderiam ter feito, mesmo se tivessem residido num lugar a certa distância da cidade. Enoque andou com Deus, e, a despeito disso, não viveu no meio de qualquer cidade corrompida com todas as espécies de violência e iniqüidade, como Ló em Sodoma. -- Manuscrito 94, 1903. VC 45 1 Nas cidades, as igrejas, mas não as instituições -- Repetidamente nos vem o Senhor instruindo que devemos fazer o trabalho nas cidades partindo de centros da periferia. Nessas cidades, devemos ter casas de culto, como memoriais de Deus, mas as instituições para a publicação de nossa literatura, para a cura dos enfermos e para o preparo de obreiros, devem ser estabelecidas fora das cidades. É, especialmente, importante que nossos jovens sejam protegidos das tentações da vida citadina. VC 45 2 Está em harmonia com esta instrução, terem as casas de culto sido compradas e rededicadas em Washington e em Nashville, enquanto as casas publicadoras e os sanatórios desses centros se têm estabelecido fora do coração congestionado das cidades, como postos avançados. Esse é o plano que se tem seguido na remoção de outras casas publicadoras e sanatórios para o campo, e que agora está sendo seguido na Grã-Bretanha com relação à casa publicadora de Londres e também à escola de preparo dali. É-nos dada, agora, a oportunidade de avançar nas ampliadoras providências divinas, ajudando aos irmãos desses e de muitos outros centros importantes a estabelecerem a obra em base firme, a fim de que esta possa ser levada avante solidamente. -- Special Testimonies, Série B, 8:7, 8 (1907). VC 45 3 Devemos ser prudentes como as serpentes e símplices como as pombas em nossos esforços para conseguir propriedades rurais a baixo custo, e desses centros do interior devemos sair para fazer o trabalho nas cidades. -- Special Testimonies, Série B, 14:7 (1902). VC 45 4 A mensagem dada pelo Senhor -- "Saí das cidades, saí das cidades!" esta é a mensagem do Senhor que me foi dada. Virão terremotos, virão enchentes, e não nos devemos estabelecer nas ímpias cidades, onde o inimigo é servido de todas as formas, e onde, com tanta freqüência o Senhor é esquecido. O Senhor deseja que tenhamos uma visão clara. Devemos ser prontos em discernir o perigo que significaria o estabelecimento de instituições nessas ímpias cidades. Devemos elaborar sábios planos para advertir as cidades, e ao mesmo tempo morar onde possamos proteger nossos filhos e a nós mesmos das influências contaminadoras e corruptoras que, nelas, tanto prevalecem. -- Life Sketches of Ellen G. White, 409, 410 (1906). ------------------------Capítulo 9 -- Fuga de emergência no conflito final VC 47 1 O sinal para a fuga -- Não é tempo agora de o povo de Deus estar fixando suas afeições ou entesourando neste mundo. Não vem muito distante o tempo em que, como os antigos discípulos, seremos forçados a buscar refúgio em lugares desolados e solitários. Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas. E agora, em vez de buscarmos dispendiosas moradas aqui, devemos estar-nos preparando para mudar-nos para um país melhor, isto é, o celestial. Em vez de gastar nosso dinheiro em nos comprazer a nós mesmos, cumpre-nos estudar a maneira de economizar. -- Testemunhos Seletos 2:166 (1885). ------------------------Vida e Ensinos VE 7 1 Prefácio VE 13 1 Capítulo 1 -- Infância VE 16 1 Capítulo 2 -- Conversão VE 21 1 Capítulo 3 -- Início dos trabalhos públicos VE 35 1 Capítulo 4 -- A fé adventista VE 45 1 Capítulo 5 -- O desapontamento VE 57 1 Capítulo 6 -- Minha primeira visão VE 62 1 Capítulo 7 -- Visão da nova terra VE 65 1 Capítulo 8 -- Chamado para viajar VE 73 1 Capítulo 9 -- Defrontando o fanatismo VE 85 1 Capítulo 10 -- O sábado do Senhor VE 88 1 Capítulo 11 -- Meu casamento e trabalhos conjuntos VE 91 1 Capítulo 12 -- O santuário celestial VE 97 1 Capítulo 13 -- O amor de Deus para com seu povo VE 100 1 Capítulo 14 -- O selamento VE 103 1 Capítulo 15 -- A prova de nossa fé VE 106 1 Capítulo 16 -- Ao pequeno rebanho VE 111 1 Capítulo 17 -- O abalo das potestades do céu VE 112 1 Capítulo 18 -- Preparação para o fim VE 114 1 Capítulo 19 -- Lutas com a pobreza VE 121 1 Capítulo 20 -- Providências animadoras VE 126 1 Capítulo 21 -- Oração e fé VE 128 1 Capítulo 22 -- Iniciando a obra de publicações VE 132 1 Capítulo 23 -- Em visita aos irmãos VE 140 1 Capítulo 24 -- Publicando novamente VE 151 1 Capítulo 25 -- Mudança para Michigan VE 156 1 Capítulo 26 -- Os dois caminhos VE 161 1 Capítulo 27 -- As duas coroas VE 168 1 Capítulo 28 -- O espiritismo moderno VE 171 1 Capítulo 29 -- Ciladas de Satanás VE 175 1 Capítulo 30 -- A sacudidura VE 179 1 Capítulo 31 -- Viajando pelo caminho estreito VE 185 1 Capítulo 32 -- Preparação para a hora do juízo VE 192 1 Capítulo 33 -- Organização e desenvolvimento VE 206 0 Capítulo 34 -- O amor de Deus por sua igreja VE 210 1 Capítulo 35 -- Trabalho missionário VE 216 1 Capítulo 36 -- Planos mais vastos VE 219 1 Capítulo 37 -- Extensão da obra nos campos estrangeiros VE 225 1 Capítulo 38 -- Circulação da página impressa VE 228 1 Capítulo 39 -- Uma visão do conflito VE 233 1 Capítulo 40 -- Recompensas do esforço VE 237 1 Apêndices ------------------------Prefácio VE 7 1 Destinada aos leitores que dispõem de pouco tempo, encontra-se neste pequeno volume uma seleção de curtos artigos dentre os escritos da Sr. E. G. White. VE 7 2 A Sr. White esteve empenhada em trabalhos evangélicos durante mais de setenta anos. Iniciou-se o seu ministério público no Estado de Maine, e finalizou na Califórnia. Ela discursou a congregações grandes e pequenas, sobre temas religiosos ou de temperança, em quase todos os Estados da União. Empregou também, dois anos de ativíssimo serviço na Inglaterra, França, Suíça, Dinamarca, Noruega, Suécia e Alemanha; e oito anos na Austrália, Nova Zelândia e Tasmânia. VE 7 3 A história dos princípios de sua vida e das experiências em ganhar almas para Cristo desde a infância mesmo, conforme se acha relatada neste volume em sua própria e singela linguagem, apresenta ao leitor uma interessantíssima narrativa de ministério cristão. VE 7 4 Quer viajando a cavalo quer de carruagem nos Estados da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, ou de barco pelos canais do centro do Estado de Nova Iorque, ou com um séquito de emigrantes no Texas e Oklahoma, ou nos trens para excursionistas à Califórnia, ou nos grandes navios através do Atlântico e do Pacífico, ou onde quer que pudesse estar, procurava ela aproveitar toda a oportunidade de falar ao povo "todas as palavras desta vida". VE 7 5 Em acréscimo aos seus labores de evangelista, a Sr. White colaborou regularmente em várias revistas religiosas. Escreveu, também, muitos livros. Sobressaem entre estes, cinco volumes que descrevem o conflito mantido através dos séculos entre Cristo e Satanás. O primeiro volume desta série -- Patriarcas e Profetas -- e o último -- O Grande Conflito -- foram traduzidos para muitas línguas e editados. Seu pequeno livro Caminho a Cristo acha-se publicado em mais de quarenta línguas. Todos os seus escritos respiram a mais pura devoção e ensinam a mais elevada moralidade. Revelam os ardis de Satanás, e previnem-nos contra as suas ciladas. Conduzem a Cristo e exaltam os ensinos da Bíblia. VE 8 1 Era plano acariciado da Sr. White preparar para publicação vários pequenos volumes, contendo, no menor número de páginas, aquela poderosa verdade que salva almas, que ela se comprazia em refletir ao povo, de viva voz e por escrito. E os passos iniciais para a compilação desses volumes foram dados pouco tempo antes de sua morte. O início da compilação do presente volume foi uma grande alegria para ela. Não viveu, porém, para que o visse completo. VE 8 2 Este livrinho é uma coletânea de escritos da autora, já editados em muitos livros e revistas. A apresentação que faz dos privilégios e deveres do cristão fiel, é clara e inspiradora. Os quadros que apresenta da recompensa do cristão, são belos e emocionantes. VE 8 3 Possa ele ser uma animação para muitos leitores, e torne-se-lhes um auxílio na vida cristã, é a esperança e oração dos Editores. ------------------------Capítulo 1 -- Infância VE 13 1 Nasci em Gorham, Estado do Maine, em 26 de novembro de 1827. Meus pais, Roberto e Eunice Harmon, residiram por muitos anos nesse Estado. Já em sua infância tornaram-se membros fervorosos e dedicados da Igreja Metodista Episcopal. Naquela igreja, desempenharam papel saliente, e trabalharam, durante um período de quarenta anos, pela conversão de pecadores e em prol da causa de Deus. Durante esse tempo tiveram a alegria de ver seus filhos, em número de oito, convertidos e reunidos no aprisco de Cristo. Infelicidade VE 13 2 Sendo eu ainda criança, meus pais se mudaram de Gorham para Portland, Maine. Aí, com nove anos de idade, sofri um acidente que me afetaria a vida inteira. Em companhia de minha irmã gêmea e de uma de nossas colegas, eu atravessava uma praça da cidade, quando uma menina de treze anos aproximadamente, zangando-se por qualquer futilidade, atirou uma pedra que me atingiu o nariz. Fiquei aturdida com o golpe e caí ao chão, desmaiada. VE 13 3 Quando recuperei os sentidos, achava-me na loja de um comerciante. Um estranho benévolo ofereceu-se para levar-me para casa em sua carruagem. Mas eu, desconhecendo meu estado de fraqueza, disse-lhe que preferia ir a pé. Os presentes não se aperceberam de que meu ferimento fosse tão sério e deixaram-me ir. Mas, depois de andar apenas alguns metros, fiquei atordoada. Minha irmã gêmea e colega carregaram-me para casa. VE 14 1 Não tenho lembrança de coisa alguma ocorrida durante algum tempo após o acidente. Minha mãe disse que eu nada notava. Permaneci em estado de torpor durante três semanas. Ninguém, além dela, julgava possível que eu me restabelecesse; mas, por qualquer motivo, ela pressentia que eu havia de viver. VE 14 2 Ao recobrar o uso de minhas faculdades, parecia-me que estivera a dormir. Não lembrava o acidente, e ignorava a causa de minha enfermidade. Um grande berço tinha sido feito para mim, e nele permaneci por muitas semanas. Fiquei quase reduzida a esqueleto. VE 14 3 Comecei, nessa ocasião, a orar ao Senhor, com o fito de preparar-me para a morte. Quando amigos cristãos visitavam a família, perguntavam à minha mãe se ela me havia falado a respeito de morrer. Entreouvi isso, o que me agitou. Desejei tornar-me cristã, e orei fervorosamente pelo perdão de meus pecados. Senti a paz de espírito que disso provinha, e amava a todos, sentindo-me desejosa de que todos estivessem com seus pecados perdoados e amassem a Jesus como eu o fazia. VE 14 4 Eu recobrava forças muito vagarosamente. Quando pude tomar parte nos brinquedos com minhas amiguinhas, fui obrigada a aprender a amarga lição de que nossa aparência pessoal muitas vezes estabelece diferença no tratamento que recebemos. Educação VE 14 5 Minha saúde parecia irremediavelmente prejudicada. Durante dois anos, não pude respirar pelo nariz, e pouco pude freqüentar a escola. Parecia-me impossível estudar e reter na memória o que aprendia. A mesma menina que fora a causa de minha infelicidade, foi por nossa professora nomeada monitora, e competia-lhe ajudar-me na escrita e noutras matérias. Ela se mostrava sempre sinceramente entristecida pelo grande mal que me causara, posto que eu tivesse cuidado em não lhe lembrar isso. Era meiga e paciente comigo. Mostrava-se triste e pensativa quando me via lutando com sérias desvantagens para instruir-me. VE 15 1 Meu sistema nervoso estava abalado, e minhas mãos tremiam tanto que pouco progresso fiz na escrita, e não pude conseguir mais do que simples cópias com má caligrafia. Esforçando-me por concentrar-me nos estudos, as letras da página pareciam embaralhar-se, grandes gotas de suor afloravam-me ao rosto, e eu me atordoava e desfalecia. Tinha uma tosse rebelde, e meu organismo todo parecia debilitado. VE 15 2 Minhas professoras aconselharam-me a abandonar a escola, e não retomar os estudos antes de minha saúde melhorar. Foi a mais forte luta de minha juventude, ceder à fraqueza e decidir que deveria abandonar os estudos e renunciar a toda esperança de instruir-me. ------------------------Capítulo 2 -- Conversão VE 16 1 Em março de 1840, Guilherme Miller visitou Portland, Maine, e fez uma série de pregações sobre a segunda vinda de Cristo, que produziram grande sensação. A Igreja Cristã da rua Casco, onde foram realizadas, esteve repleta dia e noite. As reuniões não foram acompanhadas de uma agitação tola, mas profunda solenidade se apoderava do espírito dos ouvintes. Não somente na cidade se manifestou grande interesse, pois pessoas do campo afluíam dia após dia, trazendo suas cestas com merenda, e permanecendo desde a manhã até ao final da reunião da noite. VE 16 2 Em companhia de minhas amigas, assisti a essas reuniões. O Sr. Miller apresentou as profecias com uma precisão que convencia o coração. Detinha-se a tratar dos períodos proféticos, e apresentava muitas provas para confirmar a sua opinião. Seus apelos e avisos solenes e poderosos, feitos àqueles que não se achavam preparados, deixavam assustada a multidão. Reavivamento espiritual VE 16 3 Efetuaram-se reuniões especiais em que os pecadores podiam ter oportunidade de buscar a seu Salvador e preparar-se para os terríveis acontecimentos que breve ocorreriam. Terror e convicção espalharam-se por toda a cidade. Realizavam-se reuniões de oração, e havia um despertamento geral entre as várias denominações; pois mais ou menos todos sentiam a influência do ensino da próxima vinda de Cristo. VE 16 4 Quando os pecadores foram convidados a ir à frente, para o lugar daqueles que desejavam auxílio cristão especial, centenas atenderam ao apelo. E eu me coloquei entre os que buscavam aquele auxílio. Pensava, porém, que jamais me poderia tornar digna de ser chamada filha de Deus. Muitas vezes, procurava a paz que há em Cristo, mas não me parecia encontrar o que desejava. Terrível tristeza me oprimia o coração. Não podia lembrar-me de coisa alguma que houvesse feito sem que me entristecesse. Parecia-me, porém, não ser suficientemente boa para entrar no Céu, e desejar isso seria coisa demasiada para mim. VE 17 1 A falta de confiança própria e a convicção de que seria impossível fazer com que alguém compreendesse meus sentimentos, impediam-me de buscar conselho e auxílio de minhas amigas cristãs. Assim, vagueava desnecessariamente em trevas e desespero, enquanto elas, sem conhecer o meu íntimo, ignoravam completamente o meu estado. Justiça pela fé VE 17 2 No verão seguinte, meus pais foram às reuniões da assembléia metodista, em Buxton, Maine, levando-me consigo. Eu estava plenamente resolvida a buscar fervorosamente ao Senhor ali, e alcançar o possível perdão de meus pecados. Sentia de coração grande anelo pela esperança cristã e pela paz que vem com a fé. VE 17 3 Muito me animei ouvindo um sermão sobre as palavras "Irei ter com o rei... e, perecendo, pereço." Ester 4:16. Em suas considerações, o orador referiu-se àqueles que vagavam entre a esperança e o temor, anelando serem salvos de seus pecados e receberem o amor remidor de Cristo, e, no entanto, pela timidez e receio de fracasso, se conservavam em dúvida e escravidão. Aconselhava a tais que se entregassem a Deus, e sem mais demora confiassem em Sua misericórdia. Encontrariam um Salvador compassivo, pronto para lhes apresentar o cetro da misericórdia, assim como Assuero indicou a Ester o sinal de seu favor. Tudo que se exigia do pecador, trêmulo ante a presença de seu Senhor, era que estendesse a mão da fé e tocasse o cetro de Sua graça. Aquele toque asseguraria perdão e paz. VE 18 1 Aqueles que esperavam tornar-se mais dignos do favor divino antes de se arriscarem a alcançar as promessas de Deus, estavam cometendo um erro fatal. Somente Jesus purifica do pecado; apenas Ele pode perdoar nossas transgressões. Ele assumiu o compromisso de ouvir as petições e deferir as orações dos que pela fé a Ele recorrem. Muitos têm uma idéia vaga de que devem fazer algum esforço extraordinário a fim de alcançar o favor de Deus. Toda confiança própria, porém, é vã. É unicamente ligando-se a Jesus pela fé, que o pecador se torna filho de Deus, cheio de esperança e crença. VE 18 2 Essas palavras me consolaram, e deram-me uma visão do que devia fazer para ser salva. VE 18 3 Passei então a ver mais claramente meu caminho, e as trevas começaram a dissipar-se. Ardorosamente busquei o perdão de meus pecados, e esforcei-me para entregar-me inteiramente ao Senhor. Meu espírito, porém, debatia-se muitas vezes em grande angústia, pois eu não experimentava o êxtase espiritual que considerava deveria ser a prova de minha aceitação da parte de Deus, e não ousava crer que, sem isso, estivesse convertida. Quanto necessitava eu de instrução no tocante à simplicidade da fé! Remoção do fardo VE 18 4 Enquanto permanecia curvada junto ao altar da oração em companhia de outros que buscavam ao Senhor, toda a linguagem do meu coração era: "Auxilia-me, Jesus; salva-me, eu pereço! Não cessarei de rogar enquanto minha oração não for ouvida e perdoados os meus pecados." Como nunca antes, sentia minha condição necessitada e desamparada. VE 18 5 Enquanto me achava de joelhos em oração, meu fardo deixou-me, e meu coração se aliviou. A princípio me sobreveio um sentimento de susto e procurei retomar o meu fardo de angústias. Julgava não ter o direito de sentir-me alegre e feliz. Mas Jesus parecia estar perto de mim; sentia-me capaz de achegar-me a Ele com todos os meus pesares, infelicidades e provações, assim como o faziam os necessitados em busca de consolo, quando Ele esteve na Terra. Eu tinha no coração a certeza de que Ele compreendia minhas provações e comigo simpatizava. Nunca poderei esquecer essa segurança preciosa da compassiva ternura de Jesus para com alguém tão indigno de Sua atenção. Naquele curto período de tempo em que fiquei prostrada entre os que oravam, aprendi mais do que nunca acerca do caráter divino de Cristo. VE 19 1 Uma das mães em Israel aproximou-se de mim e disse: "Querida filha, achaste a Jesus?" Eu estava para responder "Sim", quando ela exclamou: "Verdadeiramente O achaste; Sua paz está contigo, eu a vejo em teu semblante!" VE 19 2 Repetidas vezes, disse comigo mesma: "Pode isso ser religião? Não estarei enganada?" Parecia-me demasiado pretender um privilégio excessivamente exaltado. Se bem que tímida demais para confessá-lo abertamente, eu sentia que o Salvador me abençoara e perdoara meus pecados. "Em novidade de vida" VE 19 3 Logo depois, encerrou-se a assembléia, e partimos para casa. Eu tinha a mente repleta dos sermões, exortações e orações que ouvíramos. Tudo na Natureza parecia mudado. Durante as reuniões, nuvens e chuva haviam prevalecido na maior parte do tempo, e meus sentimentos estavam em harmonia com o tempo. Agora, o Sol resplandecia brilhante e luminoso, e inundava a Terra de luz e calor. As árvores e a relva eram de um verde mais vivo; o céu, de um azul mais profundo. A Terra parecia sorrir com a paz de Deus. Igualmente, os raios do Sol da Justiça haviam penetrado as nuvens e trevas do meu espírito, afugentando a tristeza. VE 20 1 Parecia-me que cada qual deveria estar em paz com Deus, e animado de Seu Espírito. Todas as coisas sobre as quais meu olhar repousava, parecia terem passado por uma mudança. As árvores eram mais bonitas, e os pássaros cantavam com mais suavidade do que nunca; pareciam estar louvando o Criador. VE 20 2 Minha vida aparecia-me sob uma luz diferente. A aflição que me obscurecera a infância, eu diria ter intervindo misericordiosamente em meu favor, para minha felicidade, desviando-me o coração do mundo e de seus prazeres, que não satisfazem, e inclinando-o para as atrações duradouras do Céu. VE 20 3 Logo depois de nossa volta da assembléia, eu, juntamente com vários outros, fiz profissão de fé na igreja. Preocupava-me bastante o assunto do batismo. Jovem como era, não podia ver senão uma única maneira de batismo autorizada nas Escrituras, e essa era a imersão. Algumas de minhas irmãs metodistas procuraram em vão convencer-me de que a aspersão era batismo bíblico. VE 20 4 Finalmente, foi marcado o tempo em que receberíamos essa solene ordenança. Foi num dia ventoso que nós, em número de doze, fomos ao mar para sermos batizados. As ondas encapelavam-se e batiam contra a praia; mas, em havendo eu tomado essa pesada cruz, minha paz era semelhante a um rio. Quando saí da água, sentia-me quase sem forças, pois o poder do Senhor repousava sobre mim. Senti que dali em diante não era deste mundo, mas surgia daquele como que túmulo líquido, para uma novidade de vida. VE 20 5 No mesmo dia à tarde, fui recebida na igreja com todas as prerrogativas de membro. ------------------------Capítulo 3 -- Início dos trabalhos públicos VE 21 1 Fiquei de novo muito ansiosa por freqüentar a escola e fazer nova tentativa de instruir-me, e entrei para um colégio de moças em Portland. Ao tentar reiniciar os estudos, porém, minha saúde rapidamente declinou, tornando-se evidente para mim que se persistisse na freqüência às aulas seria à custa de minha vida. Com grande tristeza voltei para casa. VE 21 2 Eu achara difícil a prática da religião no colégio, cercada como estava de influências tendentes a atrair o espírito e afastá-lo de Deus. Por algum tempo, senti uma constante insatisfação própria e com meu progresso na vida cristã, e não experimentava o sentimento vívido da misericórdia e amor de Deus. Sobrevinha-me uma sensação de desânimo, o que me causava grande ansiedade de espírito. A mensagem do advento em Portland VE 21 3 Em junho de 1842, o Sr. Miller fez a sua segunda série de conferências na igreja da Rua Casco, em Portland. Considerei grande privilégio haver assistido a essas conferências, pois eu caíra em desânimo e não me sentia preparada para encontrar-me com o Salvador. Essa segunda série criou na cidade muito mais agitação do que a primeira. Com poucas exceções, as várias denominações fecharam as portas de suas igrejas ao Sr. Miller. Muitos pregadores, nos vários púlpitos, procuravam expor os pretensos erros fanáticos do conferencista; mas multidões de ouvintes ansiosos assistiam a suas reuniões, e, por falta de lugar, muitos ficavam sem poder entrar. A assistência ficava silenciosa e atenta, contrariamente ao seu hábito. VE 21 4 O estilo de pregar do Sr. Miller não era floreado nem oratório. Ele apresentava fatos claros e surpreendentes que arrancavam os ouvintes de sua despreocupada indiferença. No decorrer da pregação, confirmava suas declarações e teorias com provas das Escrituras. Acompanhava suas palavras um poder convincente que parecia dar-lhes o cunho da linguagem da verdade. VE 23 1 Ele era cortês e simpático. Quando todos os assentos na casa estavam ocupados, e a plataforma e lugares em redor do púlpito pareciam literalmente cheios, eu o via sair do púlpito, descer à nave e tomar pela mão algum idoso ou idosa e achar-lhes um assento, voltando então e reatando o fio do seu discurso. Era, na verdade, justamente chamado "Pai Miller", pois exercia cuidado vigilante sobre os que estavam sob o seu ministério. Era afetuoso de maneiras, dotado de disposição jovial e coração terno. VE 23 2 Como orador era interessante, e suas exortações tanto a cristãos professos como aos impenitentes eram apropriadas e poderosas. Algumas vezes, uma solenidade tão assinalada, a ponto de ser pungente, apoderava-se de suas reuniões. Uma intuição da crise iminente dos acontecimentos humanos impressionava o espírito da multidão ouvinte. Muitos se rendiam à convicção do Espírito de Deus. Homens de cabelos grisalhos e senhoras idosas procuravam com passos trêmulos o lugar dos que desejavam auxílio espiritual especial; aqueles que se achavam na força da idade madura, os jovens e crianças, eram profundamente abalados. Gemidos e vozes de choro e de louvor misturavam-se no período da oração. VE 23 3 Cri nas solenes palavras proferidas pelo servo de Deus, e doía-me o coração quando eram combatidas ou delas se zombava. Eu assistia freqüentemente às reuniões e cria que Jesus devia logo vir nas nuvens do céu; o que me preocupava, porém, era estar ponta para O encontrar. Eu pensava constantemente no assunto da santidade do coração. Acima de todas as coisas anelava obter essa grande bênção, e crer que eu era inteiramente aceita por Deus. Angústia mental VE 24 1 Até então, eu nunca orara em público, e tinha apenas falado algumas tímidas palavras na reunião de oração. Tive a impressão de que deveria buscar a Deus em oração, em nossas pequenas reuniões sociais. Isso não ousava fazer, receosa de me atrapalhar e não poder exprimir meus pensamentos. Impressionou-me, porém, tão fortemente o senso do dever que, quando tentei orar em particular, parecia que estava a gracejar com Deus, porque deixara de obedecer à Sua vontade. Venceu-me o desespero, e por três longas semanas nenhum raio de luz penetrou a escuridão que me rodeava. VE 24 2 Intensos eram os meus sofrimentos mentais. Algumas vezes, durante a noite toda, eu não ousava cerrar os olhos, mas esperava até que minha irmã gêmea dormisse profundamente; deixava então silenciosamente o leito e ajoelhava-me no soalho, orando em silêncio, com uma agonia intensa que se não pode descrever. Os horrores de um inferno a arder eternamente estavam sempre diante de mim. Sabia que era impossível viver por muito tempo nesse estado, e não ousava morrer e enfrentar a terrível sorte do pecador. Com que inveja eu olhava àqueles que reconheciam a sua aceitação por parte de Deus! Quão preciosa parecia para minha alma agoniada a esperança cristã! VE 24 3 Freqüentemente, eu ficava prostrada em oração quase a noite toda, gemendo e tremendo, com angústia inexprimível e desespero indescritível. "Senhor, tem misericórdia!" era meu clamor, e semelhante ao pobre publicano eu não ousava levantar os olhos para o céu, mas curvava a fronte para o soalho. Fiquei muito magra e fraca, e não obstante ocultei meu sofrimento e desespero. O sonho do templo e do cordeiro VE 24 4 Enquanto me achava nesse estado de desânimo, tive um sonho que me produziu profunda impressão. Sonhei que via um templo em que muitas pessoas estavam se reunindo. Apenas os que se refugiassem naquele templo seriam salvos quando terminasse o tempo; todos os que ficassem fora estariam para sempre perdidos. A multidão que se achava fora e prosseguia com seus vários interesses, caçoava e ridicularizava os que estavam entrando no templo, e dizia-lhes que esse meio de segurança era um sagaz engano e que, de fato não havia perigo algum para se evitar. Chegaram a lançar mãos de alguns para impedir-lhes a entrada. VE 25 1 Receosa de ser escarnecida, achei melhor esperar até que a multidão se dispersasse ou até que eu pudesse entrar sem ser observada por eles. Mas o número aumentava em vez de diminuir e, receando ficar muito atrasada, saí apressadamente de casa e atravessei a multidão. Na minha ansiedade por atingir o templo, não notava a multidão que me cercava nem com ela me ocupava. VE 25 2 Entrando no edifício, vi que o vasto templo era apoiado por uma imensa coluna, e a ela se achava amarrado um cordeiro todo ferido e ensangüentado. Nós que nos achávamos presentes parecíamos saber que esse cordeiro fora lacerado e ferido por nossa causa. Todos os que entravam no templo deveriam ir diante dele e confessar seus pecados. Exatamente diante do cordeiro, estavam assentos elevados, sobre os quais se sentava um grupo de pessoas que parecia muito feliz. A luz celeste parecia resplandecer-lhes no rosto, e louvavam a Deus e entoavam alegres cânticos de ação de graças que se assemelhavam à música dos anjos. Esses eram os que se haviam apresentado diante do Cordeiro, confessado seus pecados, recebido perdão, e agora, em alegre expectativa, aguardavam algum acontecimento feliz. VE 25 3 Mesmo depois que entrei no edifício, sobreveio-me um receio e uma sensação de vergonha de que eu devesse humilhar-me diante daquele povo. Mas eu parecia ser compelida a ir para a frente, e vagarosamente caminhei em redor da coluna a fim de defrontar-me com o Cordeiro, quando uma trombeta soou, o templo foi abalado, brados de triunfo se levantaram dos santos reunidos, e um intenso brilho iluminou o edifício: então tudo passou a ser trevas intensas. Toda aquela gente feliz desaparecera com o brilho, e fui deixada só no silencioso terror da noite. VE 26 1 Despertei em agonia de espírito, e não pude convencer-me de que estivera a sonhar. Parecia-me que minha sorte estava fixada; e que o Espírito do Senhor me havia abandonado para não mais voltar. O sonho no qual vi a Jesus VE 26 2 Logo depois disso, tive outro sonho. Parecia-me estar sentada em desespero aterrador, com as mãos no rosto, refletindo assim: Se Jesus estivesse na Terra, eu iria a Ele, e me lançaria a Seus pés, e Lhe contaria todos os meus sofrimentos. Ele não Se desviaria de mim; teria misericórdia, e eu O amaria e serviria sempre. VE 26 3 Exatamente nesse momento se abriu a porta, e entrou uma pessoa de belo porte e semblante. Olhou para mim compassivamente e disse: "Desejas ver a Jesus? Ele aqui está, e podes vê-Lo se desejar. Toma tudo que possuis e segue-me." VE 26 4 Ouvi isso com indizível alegria, e contentemente ajuntei todas as minhas pequenas posses, e toda ninharia que como tesouro eu guardava, e segui a meu guia. Ele me conduziu a uma escada íngreme e aparentemente frágil. Começando a subir os degraus, aconselhou-me a conservar o olhar fixo para cima a fim de que não me atordoasse e caísse. Muitos outros que estavam fazendo essa íngreme ascensão caíam antes de galgar o cimo. VE 26 5 Finalmente atingimos o último degrau e paramos diante de uma porta. Ali, meu guia me informou que eu devia deixar todas as coisas que trouxera. Alegremente, eu as depus. Então, ele abriu a porta e me mandou entrar. Em um instante, achei-me diante de Jesus. Não havia dúvida quanto àquele belo semblante; aquela expressão de benevolência e majestade não poderia pertencer a nenhum outro. Quando Seu olhar pousou sobre mim, vi logo que Ele estava familiarizado com todos os acontecimentos de minha vida e todos os meus íntimos pensamentos e sentimentos. VE 27 1 Procurei fugir de Seu olhar, sentindo-me incapaz de suportá-lo por ser tão penetrante. Ele, porém, Se aproximou com um sorriso, e, pondo a mão sobre minha cabeça, disse: "Não temas." O som de Sua doce voz agitou-me o coração com uma felicidade que nunca experimentara antes. Eu estava alegre demais para poder proferir uma palavra, e, vencida pela emoção, caí prostrada a Seus pés. Enquanto ali jazia inerte, cenas de beleza e glória passaram diante de mim, e parecia-me ter alcançado a segurança e paz do Céu. Finalmente, recuperei as forças e levantei-me. O olhar amorável de Jesus ainda estava sobre mim, e Seu sorriso enchia a minha alma de alegria. Sua presença despertou em mim santa reverência e amor inexprimível. VE 27 2 Meu guia abriu então a porta, e ambos saímos. Mandou que eu tomasse de novo todas as coisas que havia deixado fora. Isso feito, entregou-me um fio verde muito bem enovelado. Ele me disse que o colocasse perto do coração e, quando quisesse ver a Jesus, o tirasse do seio e o estirasse inteiramente. Preveniu-me de que o não deixasse ficar enrolado durante muito tempo, para que não se embaraçasse e fosse difícil desemaranhar. Coloquei o fio junto ao coração e, cheia de alegria, desci a estreita escada, louvando ao Senhor, e dizendo a todos com quem falara, onde poderiam encontrar Jesus. VE 28 1 Este sonho deu-me esperança. O fio verde representava ao meu espírito a fé; e a beleza e simplicidade de confiar em Deus começaram a raiar na minha alma. Amável simpatia e conselho VE 28 2 Agora, confiava todas as minhas tristezas e perplexidades a minha mãe. Ela me manifestava muita ternura e me animava, sugerindo-me que fosse aconselhar-me com o Pastor Stockman, que então pregava, em Portland, a doutrina do advento. Eu tinha grande confiança nele, pois era um dedicado servo de Cristo. Ouvindo minha história, pôs afetuosamente a mão sobre minha cabeça, dizendo com lágrimas nos olhos: "Ellen, tu és tão criança! Tua experiência é muitíssimo singular, numa idade tenra como a tua. Jesus deve estar te preparando para algum trabalho especial." VE 28 3 Disse-me então que, mesmo que eu fosse uma pessoa de idade madura, e me achasse assim perseguida pela dúvida e desespero, ele me diria saber existir esperança para mim, mediante o amor de Jesus. A própria agonia de espírito que eu sofrera, era uma prova evidente de que o Espírito do Senhor estava contendendo comigo. Disse que quando o pecador se torna endurecido no mal, não compreende a enormidade de sua transgressão, mas lisonjeia-se de que anda direito e sem nenhum perigo. O Espírito do Senhor deixa-o, e ele se torna descuidado e indiferente, ou despreocupadamente arrogante. Aquele bom homem falou-me acerca do amor de Deus a Seus filhos errantes; disse que em vez de Se alegrar em sua destruição, Ele almeja atraí-los a Si com fé e confiança singela. Ele se demorou a falar no grande amor de Cristo e no plano da redenção. VE 28 4 O Pastor Stockman falou-me da infelicidade que eu tivera, e disse que na verdade era uma aflição atroz; mas mandou-me crer que a mão de um Pai amante não fora retirada de sobre mim e, na vida futura, ao dissipar-se a névoa que ora me obscurecia o espírito, eu iria discernir a sabedoria da Providência, que me parecia tão cruel e misteriosa. Jesus disse a um de Seus discípulos: "O que Eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois." João 13:7. No grande futuro, não mais veremos obscuramente, como por meio de um espelho, mas havemos de conhecer os mistérios do divino amor. VE 29 1 "Podes ir livre, Ellen", disse ele; "volta a tua casa confiante em Jesus, pois Ele não retirará Seu amor de todo aquele que O busca verdadeiramente." Então orou fervorosamente por mim, e parecia-me que Deus certamente ouviria a oração de Seu santo, mesmo que minhas humildes petições não fossem atendidas. Enquanto eu escutava os sábios e ternos conselhos desse mestre em Israel, o meu espírito desanuviou-se e afastou-se a abominável escravidão da dúvida e receio. Saí de sua presença confortada e animada. VE 29 2 Durante os poucos minutos que passei recebendo instrução do Pastor Stockman, obtive mais conhecimento sobre o assunto do amor de Deus e de Sua compassiva ternura, do que de todos os sermões e exortações que já ouvira. Minha primeira oração pública VE 29 3 Voltei para casa e de novo me pus perante o Senhor, prometendo fazer tudo que Ele pudesse exigir de mim, se tão somente o sorriso de Jesus me animasse o coração. Foi-me apresentado o mesmo dever que antes me perturbara o espírito -- tomar a minha cruz entre o povo de Deus congregado. A oportunidade não tardou; naquela noite, em casa de meu tio, havia uma reunião de oração à qual assisti. VE 29 4 Ao ajoelharem-se os outros para orar, prostrei-me com eles, trêmula. E, depois de haverem orado algumas pessoas, alcei a voz em oração, antes que disso me apercebesse. Naquele instante, as promessas de Deus pareceram-me semelhantes a tantas pedras preciosas que deveriam ser recebidas apenas pelos que as pedissem. Enquanto orava, o peso e agonia de alma que havia tanto tempo eu suportava, deixaram-me, e a bênção do Senhor desceu sobre mim, semelhante ao orvalho brando. Louvei a Deus de todo o meu coração. Tudo parecia excluído de mim, exceto Jesus e Sua glória, e perdi consciência do que se passava em redor. VE 30 1 O Espírito de Deus pousou sobre mim com tal poder que não pude ir para casa aquela noite. Quando voltei a mim, estava sendo tratada em casa de meu tio, onde nos tínhamos congregado para a reunião de oração. Nem meu tio nem minha tia fruíam a religião, posto que ele já houvesse feito profissão de fé, havendo esmorecido depois. Contaram-me que, enquanto o poder de Deus se apossava de mim de maneira tão peculiar, ele ficara grandemente perturbado e andara pela sala, sofrendo incomodidade e angústia de espírito. VE 30 2 Quando a princípio caí, alguns dos presentes ficaram grandemente alarmados e estavam para correr em busca de médico, julgando que alguma indisposição súbita e perigosa me houvesse acometido; mas minha mãe lhes disse que me deixassem só, pois era evidente para ela e para os outros cristãos experientes, que fora o maravilhoso poder de Deus que me prostrara. Quando voltei para casa, no dia seguinte, grande mudança ocorrera em meu espírito. Dificilmente parecia ser eu a mesma pessoa que deixara a casa de meu pai na noite anterior. Esta passagem estava continuamente em meu pensamento: "O Senhor é meu pastor: nada me faltará." Salmos 23:1. Meu coração transbordava de felicidade, enquanto eu suavemente repetia essas palavras. Uma perspectiva do amor do Pai VE 31 1 A fé tomou posse de meu coração. Experimentei um inexprimível amor a Deus, e tinha o testemunho do Seu Espírito de que meus pecados estavam perdoados. Minhas opiniões acerca do Pai estavam mudadas. Considerava-O agora um Pai bondoso e terno, ao invés de tirano severo que forçasse os homens a uma obediência cega. Meu coração deixava-se levar a Ele em amor profundo e fervoroso. A obediência à Sua vontade me parecia um prazer; era para mim uma alegria estar ao Seu serviço. Nenhuma sombra nublava a luz que me revelava a perfeita vontade de Deus. Experimentei a segurança de um Salvador que em mim habitava, e compreendi a verdade do que Cristo dissera: "Quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." João 8:12. VE 31 2 Minha paz e felicidade estavam em tão assinalado contraste com minha tristeza e angústia anteriores que parecia como se eu houvesse sido libertada do inferno e transportada ao Céu. Podia até louvar a Deus pela desgraça que fora a provação de minha vida, pois se tornara o meio de fixar meus pensamentos na eternidade. De natureza orgulhosa e ambiciosa, eu poderia não ter-me inclinado a entregar o coração a Jesus, se não fosse a cruel aflição que me separara de vez das glórias e vaidades do mundo. VE 31 3 Durante seis meses, nenhuma sombra me nublou o espírito, tampouco negligenciei um dever sequer que conhecesse. Todo o meu esforço visava a fazer a vontade de Deus, e conservar Jesus e o Céu continuamente em vista. Estava surpresa e extasiada com as claras perspectivas que agora a mim se apresentavam do sacrifício expiatório e da obra de Cristo. Não mais tentei explicar minhas lucubrações de espírito; basta dizer que as coisas velhas haviam passado, e todas se tornaram novas. Não havia uma nuvem para empanar minha perfeita ventura. Eu aspirava contar a história do amor de Jesus, mas não sentia disposição para entreter conversação vulgar com qualquer pessoa. Meu coração estava tão cheio de amor a Deus e daquela "paz... que excede todo o entendimento" (Filipenses 4:7) que eu me comprazia em meditar e orar. Testemunhando VE 32 1 Na noite seguinte àquela em que recebi tão grande bênção, assisti à reunião adventista. Quando chegou a hora para os seguidores de Cristo falarem a favor dEle, não pude ficar em silêncio, mas levantei-me e relatei a minha experiência. Nenhum pensamento me viera à mente quanto ao que deveria dizer; mas a singela história do amor de Jesus para comigo caiu-me dos lábios com perfeita liberdade, e meu coração estava tão feliz por ter-se libertado de seu cativeiro de negro desespero, que perdi de vista o povo em redor de mim e parecia-me estar sozinha com Deus. Não encontrei dificuldade em exprimir minha paz e felicidade, a não ser nas lágrimas de gratidão que me embargavam a voz. VE 32 2 O Pastor Stockman estava presente. Ele me vira recentemente em profundo desespero. E como agora visse terminado o meu cativeiro, chorou em voz alta, alegrando-se comigo e louvando a Deus por essa prova de Sua terna misericórdia e amorável bondade. VE 32 3 Não muito tempo depois de receber esta grande bênção, assisti a uma conferência da Igreja Cristã, que o Pastor Brown dirigia. Fui convidada a relatar minha experiência, e não somente senti grande liberdade de expressão, mas também felicidade em contar minha singela história do amor de Jesus e da alegria de ser aceita por Deus. Enquanto eu falava com coração submisso e olhos lacrimosos, parecia ter a alma atraída para o Céu em ações de graças. O poder enternecedor do Senhor apossou-se do povo congregado. Muitos choravam e outros louvavam a Deus. VE 32 4 Os pecadores foram convidados a levantar-se para que se fizessem orações em seu favor, e muitos atenderam. Meu coração estava tão grato a Deus pela bênção que me concedera, que almejava que outros participassem dessa alegria santa. Interessei-me profundamente por aqueles que poderiam estar sofrendo sob a convicção do desagrado do Senhor e do fardo do pecado. Enquanto relatava minha experiência, pressenti que ninguém poderia resistir à evidência do amor perdoador de Deus que em mim operara uma mudança tão maravilhosa. A realidade da verdadeira conversão parecia-me tão evidente que eu desejava exercer influência nesse sentido. Trabalho em prol de amigas jovens VE 33 1 Providenciei reuniões com pessoas jovens, de minha amizade, algumas das quais eram consideravelmente mais velhas do que eu; e outras, em menor número, casadas. Várias delas eram frívolas e desatenciosas; minha experiência soava-lhes aos ouvidos como uma história ociosa e não davam crédito às minhas exortações. Decidi, porém, que meus esforços não cessariam sem que essas caras almas, por quem eu tinha tão grande interesse, se entregassem a Deus. Despendi várias noites em oração fervorosa por aquelas pessoas que eu buscara e reunira com o propósito de com elas trabalhar e orar. VE 33 2 Algumas delas se haviam reunido conosco pela curiosidade de ouvir o que eu tinha para dizer; outras me julgavam fora de mim, por eu ser tão persistente em meus esforços, especialmente quando não manifestavam interesse algum. Mas em cada uma das nossas pequenas reuniões, continuei a exortar e a orar em prol de cada uma separadamente até que todas se entregaram a Jesus, reconhecendo os méritos de Seu amor perdoador. Todas se converteram a Deus. VE 33 3 Noite após noite, em meus sonhos, eu parecia estar trabalhando pela salvação de almas. Em tais ocasiões, eram-me apresentados ao espírito casos especiais; estes eu procurava mais tarde, orando com as pessoas envolvidas. Com exceção de uma, todas essas pessoas se entregaram ao Senhor. Alguns dos nossos irmãos mais escrupulosos temiam que eu fosse demasiado zelosa pela conversão das almas. Mas o tempo parecia-me tão curto que eu cria devessem todos, que possuíssem a esperança de uma bem-aventurada imortalidade e aguardassem a próxima vinda de Cristo, trabalhar sem cessar por aqueles que ainda estavam em pecados e se encontravam às bordas de terrível ruína. VE 34 1 Conquanto fosse muito jovem, o plano da salvação era-me tão claro, e minha experiência pessoal tão assinalada que, considerando a questão, compreendi ser meu dever continuar meus esforços pela salvação de preciosas almas, orar e confessar a Cristo em toda oportunidade. Todo o meu ser foi consagrado ao serviço de meu Mestre. Tomei a determinação de, acontecesse o que acontecesse, agradar a Deus e viver como alguém que esperava o Salvador vir e recompensar os fiéis. Sentia-me semelhante a uma criancinha que se dirigisse a Deus como a seu pai, perguntando-Lhe o que queria que fizesse. Então, como me fosse explicado o meu dever, em cumpri-lo eu sentia a maior das felicidades. Provações peculiares algumas vezes me assediavam. Os mais experimentados do que eu, esforçavam-se por deter-me e diminuir o ardor de minha fé; mas, com sorrisos de Jesus a iluminar minha vida, e o amor de Deus no coração, prossegui em meu caminho com alegria. ------------------------Capítulo 4 -- A fé adventista VE 35 1 A família de meu pai, de quando em quando, freqüentava a igreja metodista, e também as reuniões para estudos, realizadas em casas particulares. Experiências na reunião de estudos VE 35 2 Uma noite, meu irmão Roberto e eu fomos à reunião de estudos. O pastor, que a devia presidir, estava presente. Ao chegar a vez de meu irmão dar testemunho, ele falou com grande humildade, se bem que com clareza, acerca da necessidade de um completo preparo para encontrar o Salvador, quando vier nas nuvens do céu com poder e grande glória. Enquanto meu irmão falava, uma luz celeste lhe abrasou o rosto, usualmente pálido. Pareceu ser levado em espírito acima do ambiente em que se achava, e falou como se estivesse na presença de Jesus. VE 35 3 Quando fui convidada para falar, levantei-me, com o espírito livre, com o coração cheio de amor e paz. Contei a história do meu grande sofrimento sob a convicção do pecado, e como finalmente recebera a bênção que havia tanto procurava -- completa conformidade com a vontade de Deus -- e exprimi minha alegria nas boas-novas da próxima vinda de meu Redentor para levar Seus filhos consigo. VE 35 4 Quando acabei de falar, o pastor dirigente perguntou-me se não seria mais agradável viver uma longa vida de utilidade, fazendo bem aos outros, do que vir Jesus imediatamente e destruir os pobres pecadores. Repliquei que anelava a vinda de Jesus. Então o pecado teria fim e desfrutaríamos para sempre a santificação, sem que houvesse o diabo para nos tentar e transviar. VE 35 5 Depois de encerrada a reunião, percebi que era tratada com visível frieza por aqueles que anteriormente tinham sido benévolos e amáveis comigo. Meu irmão e eu voltamos para casa, sentindo-nos tristes por ser tão mal compreendidos pelos crentes, e por o assunto da próxima volta de Jesus despertar-lhes tão severa oposição. A bem-aventurada esperança VE 36 1 Em caminho para casa, conversamos seriamente a respeito das evidências de nossa nova fé e esperança. "Ellen", disse Roberto, "estaremos enganados? É esta esperança do próximo aparecimento de Cristo sobre a Terra uma heresia, para que pastores e ensinadores religiosos a ela se oponham tão veementemente? Eles dizem que Jesus não virá senão daqui a milhares e milhares de anos. Se tão-somente se aproximam da verdade, então o mundo não poderá acabar em nosso tempo." VE 36 2 Eu não ousava favorecer a incredulidade um momento que fosse, e repliquei prontamente: "Não tenho dúvida de que a doutrina pregada pelo Sr. Miller é a verdade. Que poder lhe acompanha as palavras! Que levam convicção ao coração do pecador!" VE 36 3 Conversamos sobre o assunto com toda a lealdade enquanto caminhávamos, e concluímos ser nosso dever e privilégio esperar a vinda de nosso Salvador, e que mais seguro seria preparar-nos para o Seu aparecimento e estarmos prontos para encontrá-Lo com alegria. Se Ele viesse, o que não seria daqueles que então diziam: "O meu Senhor tarde virá", e que não tinham desejo de vê-Lo? Admirava-nos como havia ministros que ousassem acalmar os temores de pecadores e crentes relapsos, dizendo: "Paz, paz!" enquanto a mensagem do aviso estava sendo proclamada em todo o país. A ocasião parecia-nos muito solene; compreendíamos não ter tempo a perder. VE 36 4 "Cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto" -- observou Roberto. "O que tem feito por nós esta crença? Convenceu-nos de que não estávamos preparados para a vinda do Senhor; de que devemos tornar-nos puros de coração, do contrário não poderemos encontrar em paz o nosso Salvador. Despertou-nos para procurar nova força e graça divinas. VE 37 1 "O que fez ela por ti, Ellen? Serias o que agora és, se não tivesses ouvido a doutrina da próxima vinda de Cristo? Que esperança te inspirou ao coração? Que paz, alegria e amor te proporcionou? Para mim, fez tudo. Amo a Jesus e a todos os cristãos. Aprecio a reunião de oração. Tenho grande alegria na leitura da Bíblia e na oração." VE 37 2 Nós ambos nos sentimos fortalecidos com essa conversa, e resolvemos não nos afastar de nossas honestas convicções da verdade, e da bem-aventurada esperança da próxima vinda de Cristo nas nuvens do céu. Sentíamo-nos gratos por poder discernir a preciosa luz e alegrar-nos na expectativa da vinda do Senhor. O último testemunho na reunião de estudos VE 37 3 Não muito tempo depois disso, de novo assistimos à reunião de estudos. Precisávamos de oportunidade para falar do precioso amor de Deus que nos animava a alma. Eu, especialmente, desejava falar da bondade e misericórdia do Senhor para comigo. Operava-se em mim uma tão grande mudança que parecia ser meu dever aproveitar toda oportunidade para testificar do amor de meu Salvador. VE 37 4 Ao chegar a minha vez de falar, relatei as evidências que provavam que eu fruía o amor de Jesus e olhava para a frente com alegre expectação de logo encontrar o meu Redentor. A crença de que a vinda de Cristo estava próxima me havia estimulado a alma a buscar mais fervorosamente a santificação do Espírito de Deus. VE 37 5 Neste ponto, o dirigente da classe interrompeu-me, dizendo: "Recebeste a santificação pelo Metodismo, pelo Metodismo, irmã, não por uma teoria errônea." VE 37 6 Fui compelida a confessar a verdade de que não era pelo Metodismo que meu coração havia recebido nova bênção, mas pelas verdades estimuladoras relativas ao aparecimento pessoal de Jesus. Por meio delas eu encontrara paz, alegria e perfeito amor. Assim terminou o meu testemunho, o último que eu daria na reunião de estudos com meus irmãos metodistas. VE 38 1 Roberto então falou com mansidão, conforme era o seu modo, mas de maneira clara e tocante que alguns choraram e ficaram muito comovidos; outros, porém, tossiam em sinal de desagrado e pareciam muito a contragosto. VE 38 2 Depois de sairmos da classe, falamos de novo sobre a nossa fé, e maravilhamo-nos de que nossos irmãos e irmãs cristãs, de tal maneira não pudessem suportar que se lhes falasse uma palavra referente à vinda do nosso Salvador. Convencemo-nos de que não mais devíamos freqüentar a reunião da classe. A esperança do glorioso aparecimento de Cristo nos enchia a alma, e disso falaríamos quando nos levantássemos para dar testemunho. Era evidente que não poderíamos ter liberdade na reunião de estudos, pois nosso testemunho provocava escárnio e sarcasmo que ouvimos, finda a reunião, de irmãos e irmãs a quem tínhamos respeitado e estimado. Propagando a mensagem do advento VE 38 3 Os adventistas realizavam por esse tempo reuniões no Salão Beethoven. Meu pai, com sua família, a elas assistiam com boa regularidade. Supunha-se que o segundo advento deveria ocorrer no ano 1843. O tempo para que toda alma fosse salva parecia tão breve que resolvi fazer tudo que estava ao meu alcance para conduzir pecadores à luz da verdade. VE 38 4 Eu tinha duas irmãs em casa: Sara, que era vários anos mais velha do que eu, e minha irmã gêmea Elizabeth. Trocamos idéias e decidimos ganhar o dinheiro que pudéssemos para empregar na compra de livros e folhetos para distribuição gratuita. Isso era o melhor que poderíamos fazer, e alegremente fizemos esse pouco. VE 39 1 Nosso pai era chapeleiro, e a tarefa que me tocava era fazer as copas dos chapéus, sendo essa a parte mais fácil do trabalho. Também fazia meias a vinte e cinco centavos de dólar o par. Meu coração estava tão enfraquecido que, para fazer esse trabalho, eu era obrigada a recostar-me na cama; entretanto, dia após dia ali me assentava, feliz por poderem meus dedos trêmulos fazer algo para trazer uma pequenina contribuição à causa que eu amava tão encarecidamente. Vinte e cinco centavos de dólar por dia era tudo que eu poderia ganhar. Quão cuidadosamente punha de lado as preciosas moedinhas de prata que assim ganhava e deveriam ser gastas em impressos destinados a esclarecer e despertar os que estavam em trevas! VE 39 2 Não tinha tentação de gastar meus lucros para minha própria satisfação. Meu vestuário era simples; nada era gasto em ornamentos desnecessários, pois a ostentação vã me parecia pecaminosa. Assim é que sempre tinha em depósito um pequeno fundo com que comprar livros convenientes. Estes eram colocados nas mãos de pessoas experientes a fim de os espalharem. VE 39 3 Cada folha destes impressos parecia preciosa aos meus olhos; pois era um mensageiro de luz ao mundo, ordenando às pessoas que se preparassem para o grande evento que estava às portas. A salvação das almas era a minha preocupação de espírito, e confrangia-se-me o coração por aqueles que se lisonjeavam de estarem vivendo em segurança, enquanto a mensagem de advertência estava sendo proclamada ao mundo. A questão da imortalidade VE 39 4 Um dia ouvi uma conversa entre minha mãe e minha irmã, com referência a um discurso que havia pouco tinham ouvido, a propósito de que a alma não tem imortalidade inerente. Alguns dos textos usados pelo ministro, como prova, foram citados. Entre eles lembro-me de que estes me impressionaram muito fortemente: "A alma que pecar, essa morrerá." Ezequiel 18:4. "Os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma." Eclesiastes 9:5. "A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, Ele só, a imortalidade." 1 Timóteo 6:15-16. "A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção." Romanos 2:7. VE 40 1 "Por que", disse minha mãe depois de citar as passagens antecedentes, "deveriam eles procurar aquilo que já têm?" VE 40 2 Escutei estas novas idéias com interesse intenso e solícito. Quando fiquei sozinha com minha mãe, perguntei-lhe se realmente cria que a alma não era imortal. Sua resposta foi que ela receava tivéssemos estado em erro no tocante àquele assunto, assim como a alguns outros. VE 40 3 "Mas, mamãe", disse eu, "a senhora acredita realmente que a alma dorme na sepultura até à ressurreição? Acha que, ao morrer, o cristão não vai imediatamente ao Céu, nem o pecador ao inferno?" VE 40 4 Ela respondeu: "A Bíblia não nos dá prova de que haja um inferno a arder eternamente. Se houvesse esse lugar, deveria ser mencionado no Volume Sagrado." VE 40 5 "Oh! mamãe", exclamei eu com espanto, "esta é uma estranha maneira de a senhora falar! Se a senhora crê nessa estranha teoria, que ninguém o saiba; pois receio que os pecadores não se sintam em segurança com essa crença, e nunca desejem buscar ao Senhor." VE 40 6 "Se esta é uma sólida verdade bíblica", replicou ela, "em vez de impedir a salvação dos pecadores, será o meio de os ganhar para Cristo. Se o amor de Deus não induzir o rebelde a se entregar, os terrores de um inferno eterno não o levarão ao arrependimento. Além disso, não parece ser uma maneira justa de ganhar almas para Jesus, o apelo para um dos mais baixos atributos do espírito -- o medo abjeto. O amor de Jesus atrai; ele subjugará o mais duro coração." VE 41 1 Somente alguns meses depois desta conversa é que ouvi algo mais acerca dessa doutrina; mas durante esse tempo meditei muito sobre esse assunto. Quando ouvi uma pregação em que era exposto, cri que era a verdade. Desde a ocasião em que aquela luz relativa ao sono dos mortos raiou em meu espírito, dissipou-se para mim o mistério que encobria a ressurreição, e este grande fato assumiu uma nova e sublime importância. Meu espírito muitas vezes se conturbara nos esforços para reconciliar a imediata recompensa ou castigo dos mortos com, o indubitável fato de uma ressurreição e juízo futuros. Se por ocasião da morte a alma entrava na felicidade ou desdita eternas, onde a necessidade de ressurreição para os míseros corpos que se reduzem a pó? VE 41 2 No entanto essa nova e bela fé ensinou-me a razão por que os escritores inspirados tanto se ocuparam da ressurreição do corpo; era porque o ser todo estava a dormir no túmulo. Agora podia ver claramente o engano de nossa opinião sobre esta questão. A visita do pastor VE 41 3 Nossa família toda estava profundamente interessada na doutrina da próxima vinda do Senhor. Meu pai fora uma das colunas da igreja metodista. Atuara como exortador e como dirigente das reuniões nas casas situadas a certa distância da cidade. Contudo, o ministro metodista fez-nos uma visita especial, e aproveitou a ocasião para nos informar de que a nossa fé e o metodismo não poderiam andar de mãos dadas. Ele não indagava as razões por que críamos, tal como fazíamos, nem recorria à Bíblia a fim de nos convencer de erro; declarava, porém, que adotáramos uma nova e estranha crença que a igreja metodista não poderia aprovar. VE 43 1 Meu pai retorquiu que ele deveria estar enganado ao chamar nova e estranha aquela doutrina; que o próprio Cristo, em Seus ensinos aos discípulos, pregara Seu segundo advento. Dissera Ele: "Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito: vou preparar-vos lugar. E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo para que onde Eu estiver estejais vós também." João 14:2-3. "E estando com os olhos fitos no céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhe disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir." Atos 1:10-11. VE 43 2 "E", disse meu pai, entusiasmando-se com o assunto, "o inspirado Paulo escreveu uma carta para animar os crentes de Tessalônica, dizendo-lhes: 'A vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando Se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do Seu poder; como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais por castigo padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do Seu poder, quando vier para ser glorificado nos Seus santos, e para Se fazer admirável naquele dia...' 2 Tessalonicenses 1:7-10. 'Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.' 1 Tessalonicenses 4:16-18. VE 44 1 "Esta é uma grande autoridade para nossa fé. Jesus e Seus apóstolos tratam demoradamente do acontecimento da segunda vinda, com alegria e triunfo; e os santos anjos proclamam que o Cristo, que ascendeu ao Céu, virá outra vez. Esta é a falta que cometemos -- crer na palavra de Jesus e de Seus discípulos. Esta é uma doutrina muito antiga, e não tem vestígio de heresia." VE 44 2 O ministro não tentou citar um único texto que provasse estarmos em erro, desculpando-se, porém, com a alegação de falta de tempo. Aconselhou-nos a que silenciosamente nos retirássemos da igreja, e evitássemos a publicidade de um processo regular de exclusão. Nós sabíamos que outros de nossos irmãos estavam recebendo idêntico tratamento por causa semelhante, e não quisemos dar motivo para que entendessem que nos envergonhávamos de reconhecer a nossa fé ou éramos incapazes de baseá-la nas Escrituras; nestas condições, meus pais insistiram para que fossem cientificados das razões deste pedido. VE 44 3 A única resposta a isso foi a declaração evasiva de que andáramos contrariamente às normas da igreja, e o plano mais acertado seria retirar-nos voluntariamente dela para evitar um processo. Replicamos que preferíamos um processo regular, e pedimos que nos informassem de que pecado éramos acusados, visto estarmos conscientes de não ter cometido falta alguma por aguardar e desejar o aparecimento do Salvador.* ------------------------Capítulo 5 -- O desapontamento VE 45 1 Com vigilância e tremor aproximávamo-nos do tempo em que se esperava aparecesse o nosso Salvador. Com solene fervor, buscávamos, como um povo, purificar nossa vida a fim de estar prontos para O encontrar em Sua volta. Ainda se realizavam reuniões em casas particulares em diferentes partes da cidade, com os melhores resultados. Os crentes animavam-se a trabalhar por seus irmãos e parentes, e dia a dia multiplicavam-se as conversões. Reuniões no salão Beethoven VE 45 2 Apesar da oposição dos ministros e igrejas, o Salão Beethoven, na cidade de Portland, ficava repleto todas as noites. Especialmente aos domingos havia ali grande congregação. Todas as classes afluíam a essas reuniões. Ricos e pobres, grandes e humildes, ministros e leigos, estavam todos por vários motivos, ansiosos por ouvir a doutrina do segundo advento. Muitos vinham e, não encontrando lugar nem para ficarem de pé, voltavam desapontados. VE 45 3 A ordem seguida nas reuniões era simples. Fazia-se usualmente um breve e incisivo discurso, concedendo-se em seguida liberdade para exortações gerais. Havia, em regra, o maior silêncio possível a uma tão grande multidão. O Senhor continha o espírito de oposição enquanto Seus servos expunham as razões de sua fé. Algumas vezes o instrumento era fraco, mas o Espírito de Deus dava peso e poder à Sua verdade. Sentia-se a presença dos santos anjos na assembléia, e várias pessoas eram acrescentadas diariamente ao pequeno núcleo de crentes. VE 45 4 Uma ocasião, enquanto o Pastor Stockman estava pregando, o Pastor Brown, pastor batista cristão, estava assentado à plataforma, escutando o sermão com intenso interesse. Ficou profundamente comovido e subitamente seu rosto empalideceu como o de um morto; vacilou na cadeira, e o Pastor Stockman tomou-o nos braços precisamente quando ia caindo ao chão, e o deitou no sofá atrás do estrado, onde ficou sem forças até o sermão terminar. VE 46 1 Levantou-se então, com o rosto ainda pálido, mas resplendente com a luz do Sol da Justiça, e deu um testemunho muito impressionante. Parecia receber santa unção do alto. Ele tinha por costume falar vagarosamente, com uma maneira fervorosa, sem qualquer agitação. Nessa ocasião, suas palavras, solenes e comedidas, traziam consigo um novo poder. VE 46 2 Relatou sua experiência com tal simplicidade e candura, que muitos dos que antes haviam tido preconceito foram tocados até chorar. Sentia-se a influência do Espírito Santo em suas palavras, e via-se em seu rosto. Com santa exaltação, declarou ousadamente que havia tomado a Palavra de Deus como sua conselheira; que se lhes haviam dissipado as dúvidas e confirmado a fé. Com fervor convidou seus irmãos os ministros, os membros da igreja, os pecadores e incrédulos para examinarem a Bíblia por si mesmos, e insistiu que não deixassem ninguém afastá-los do propósito de descobrir a verdade. VE 46 3 Ao terminar ele de falar, os que desejavam as orações do povo de Deus foram convidados a se levantar. Centenas atenderam ao convite. O Espírito Santo repousava sobre a assembléia. O Céu e a terra pareciam aproximar-se. A reunião durou até avançada hora da noite. O poder do Senhor foi sentido sobre jovens, adultos e idosos. VE 46 4 O irmão Brown não se desligou então nem mais tarde da Igreja Cristã, mas seus seguidores lhe tiveram sempre grande respeito. Feliz expectativa VE 47 1 Ao voltarmos para casa por vários caminhos, ouvia-se de uma direção uma voz louvando a Deus, e, como que em resposta, vozes de um, outro e de mais outro lado bradavam: "Glória a Deus, o Senhor reina!" Os homens recolhiam-se a casa com louvores nos lábios, e aquele som alegre repercutia pelo ar silencioso da noite. Ninguém que haja assistido a essas reuniões poderá jamais esquecer aquelas cenas do mais profundo interesse. VE 47 2 Aqueles que amam sinceramente a Jesus podem apreciar os sentimentos dos que aguardavam com o mais intenso anelo a vinda de seu Salvador. Aproximava-se o dia em que era esperado. Pouco faltava para que chegasse o momento em que esperávamos encontrá-Lo. Aproximávamo-nos dessa hora com tranqüila solenidade. Os verdadeiros crentes permaneciam em doce comunhão com Deus -- um prelúdio da paz que esperavam desfrutar no brilhante além. Ninguém que haja experimentado essa esperança e confiança, poderá jamais esquecer essas preciosas horas de expectativa. VE 47 3 As ocupações mundanas na maior parte foram abandonadas durante algumas semanas. Cuidadosamente examinávamos todo pensamento e emoções do coração, como se estivéssemos em nosso leito de morte, e devêssemos em poucas horas fechar para sempre os olhos para as cenas terrestres. Não se fizeram para aquele grande acontecimento "roupa para ascensão". Sentíamos a necessidade de uma prova íntima de que estávamos preparados para encontrar a Cristo, e de que os nossos vestidos brancos eram a pureza de alma, o caráter purificado do pecado pelo sangue expiatório de nosso Salvador. Dias de perplexidade VE 47 4 O tempo de expectação, porém, passou. Esta foi a primeira prova severa a que foram submetidos os que criam e esperavam que Jesus viesse nas nuvens do céu. Grande foi o desapontamento do povo expectante de Deus. Os escarnecedores estavam triunfantes, e ganharam para as suas fileiras os fracos e covardes. Alguns que aparentavam possuir fé verdadeira pareciam ter sido influenciados apenas pelo medo; e, com a passagem do tempo, recobravam ânimo, e audazmente se uniam aos escarnecedores, declarando que nunca haviam sido iludidos de modo a crer realmente na doutrina de Miller, que era um fanático doido. Outros, mais acomodados ou vacilantes, abandonaram a causa sem dizer palavra. VE 49 1 Estávamos perplexos e desapontados, contudo não renunciávamos à nossa fé. Muitos ainda se apegavam à esperança de que Jesus não demoraria muito Sua vinda; a palavra do Senhor era certa e não podia falhar. Sentíamos que havíamos cumprido nosso dever, que tínhamos vivido de acordo com nossa preciosa fé; fôramos desapontados, mas não desanimados. Os sinais dos tempos denotavam que o fim de todas as coisas estava às portas; precisávamos vigiar e conservar-nos de prontidão para a vinda do Mestre em qualquer tempo, aguardando, confiantes e esperançosos, sem deixar de reunir-nos para nos instruir, animar e consolar, a fim de que nossa luz pudesse resplandecer nas trevas do mundo. Um erro na contagem VE 49 2 Nosso cálculo do tempo profético era tão simples e claro que mesmo as crianças o poderiam compreender. A contar da data do decreto do rei da Pérsia como se encontra no Capítulo 7 de Esdras, o qual foi baixado no ano 457 antes de Cristo, supunha-se que os 2.300 anos de Daniel 8:14 terminariam em 1843. De acordo com isso aguardávamos a vinda do Senhor no fim desse ano. Ficamos tristemente desapontados quando o ano passou completamente, e o Salvador não veio. VE 50 1 Não se percebeu a princípio que, se o decreto não tivesse sido baixado no princípio do ano 457 a.C., os 2.300 anos não se completariam no fim de 1843. Verificou-se, porém, que o decreto fora emitido próximo do final do ano 457 a.C., e, portanto, o período profético deveria atingir o outono do ano 1844. Por conseguinte, a visão do tempo não tardara, posto que houvesse parecido assim ser. Aprendemos a confiar na linguagem do profeta: "A visão é ainda para o tempo determinado, e até o fim falará, e não mentirá: se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará." Habacuque 2:3. VE 50 2 Deus experimentou e provou o Seu povo com a passagem do tempo em 1843. O erro cometido na contagem dos períodos proféticos não foi logo descoberto, mesmo por homens instruídos que se opunham às opiniões dos que esperavam a vinda de Cristo. Os doutos declaravam que o Sr. Miller estava certo em seu cálculo relativo ao tempo, conquanto discordassem dele no tocante ao acontecimento que viria coroar aquele período. Todavia eles, bem como o povo expectante de Deus, estavam em erro comum relativamente ao tempo. VE 50 3 Aqueles que ficaram desapontados não foram por muito tempo deixados em trevas; pois, pesquisando os períodos proféticos com oração fervorosa, foi descoberto o erro, assim como delinear do lápis profético através do tempo de espera. Na alegre expectativa da vinda de Cristo, a demora aparente da visão não fora tomada em consideração, por isso ocorre uma triste e inesperada surpresa. Contudo, essa mesma prova foi necessária para alentar e fortalecer na verdade os crentes sinceros. Esperanças renovadas VE 50 4 Nossas esperanças centralizaram-se então na vinda do Senhor em 1844. Esse era também o tempo para a mensagem do segundo anjo, que, voando pelo meio do céu, clamou: "Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade." Apocalipse 14:8. Aquela mensagem foi pela primeira vez proclamada pelos servos de Deus no verão de 1844 e, como resultado dela, muitos abandonaram as igrejas caídas. Em conexão com essa mensagem deu-se o "clamor da meia-noite."* "Aí vem o esposo, saí-Lhe ao encontro." Mateus 25:6. Em toda parte do país, raiou a luz no tocante a essa mensagem e o clamor despertou a milhares. Foi de cidade a cidade, de aldeia a aldeia, às mais afastadas regiões do país. Atingiu os cultos e talentosos, bem como os obscuros e humildes. VE 51 1 Esse foi o ano mais feliz de minha vida. Meu coração transbordava de alegre expectativa; mas sentia grande dó e ansiedade pelos que se achavam desanimados e não tinham esperança em Jesus. Unimo-nos, como um só povo, em fervorosa oração para alcançar uma verdadeira experiência e inequívoca prova de nossa aceitação da parte de Deus. Uma prova de fé VE 52 1 Necessitávamos de grande paciência, pois os escarnecedores eram muitos. Éramos freqüentemente abordados com irônicas referências ao nosso desapontamento anterior. As igrejas ortodoxas usaram de todos os meios para impedir que se propagasse a crença na próxima vinda de Cristo. Nas suas reuniões não se dava liberdade àqueles que costumavam mencionar sua esperança na próxima vinda de Jesus. Os que professavam amar a Jesus escarnecedoramente rejeitavam as boas novas de que Aquele que diziam ser o seu melhor Amigo, devesse logo visitá-los. Estavam agitados e enraivecidos contra os que proclamavam as novas de Sua vinda e se regozijavam de muito breve contemplá-Lo em glória. Um período de preparo VE 52 2 Cada momento me parecia ser da máxima importância. Eu pressentia que estávamos trabalhando para a eternidade, e que os descuidosos e indiferentes se achavam no maior perigo. Nada me obscurecia a fé, e eu me apegava às preciosas promessas de Jesus. Ele dissera a Seus discípulos: "Pedi, e recebereis." João 16:24. Eu cria firmemente que todo pedido de acordo com a vontade de Deus certamente me seria concedido. Prostrei-me humildemente aos pés de Jesus, com o coração em harmonia com a Sua vontade. VE 52 3 Muitas vezes visitava famílias e empenhava-me em fervorosa oração com aqueles que estavam oprimidos por temores e desânimo. Minha fé era tão forte que nunca duvidava, um momento que fosse, de que Deus atendesse as minhas orações. Sem uma única exceção, fruíamos a bênção e paz de Jesus em resposta às nossas humildes petições, e luz e alegria animavam o coração dos que antes desesperavam. VE 53 1 Com diligente exame de consciência e humildes confissões, chegamos devotamente ao tempo da expectação. Todas as manhãs sentíamos que nosso primeiro trabalho era assegurar-nos de que nossa vida estava reta diante de Deus. Compreendíamos que se não estivéssemos progredindo em santidade, estaríamos certamente retrocedendo. Aumentava o nosso interesse de uns para com os outros; orávamos muito, conjuntamente, e uns pelos outros. Congregávamo-nos nos pomares e bosques para ter comunhão com Deus e dirigir-Lhe nossas petições, sentindo nós mais completamente Sua presença quando rodeados por Suas obras naturais. As alegrias da salvação nos eram mais necessárias do que a comida e a bebida. Se nuvens nos obscureciam o espírito, não ousávamos repousar ou dormir antes que fossem varridas pela certeza de que éramos aceitos pelo Senhor. A passagem do tempo VE 54 1 O povo expectante de Deus aproximava-se da hora em que estremecidamente esperava suas alegrias se completassem na vinda do Salvador. Mas de novo passou o tempo, sem qualquer demonstração do advento de Jesus. Foi amargo o desapontamento que atingiu o pequeno rebanho, cuja fé tinha sido tão forte, e tão elevada a esperança. Estávamos, porém, surpresos de que nos sentíssemos tão livres no Senhor, e tão fortemente fôssemos amparados por Sua força e graça. VE 54 2 A experiência do ano anterior, contudo, repetira-se em maior proporção. Grande número de pessoas renunciara a sua fé. Alguns que tinham sido muito confiantes, ficaram tão profundamente feridos em seu orgulho, que queriam como que fugir do mundo. Como Jonas, queixavam-se de Deus, e preferiam a morte à vida. Os que haviam baseado sua fé na evidência de outrem, e não na Palavra de Deus, estavam de novo prontos para mudar de opinião. VE 54 3 Ficamos desapontados, mas não desanimados. Resolvemos refrear-nos da murmuração naquela severa prova pela qual o Senhor nos estava purificando das escórias e refinando-nos como o ouro no fogo; resolvemos submeter-nos pacientemente ao processo de purificação que Deus julgava necessário para nós, e aguardar com paciente esperança que o Salvador remisse Seus filhos provados e fiéis. VE 54 4 Estávamos firmes na crença de que a pregação do tempo definido era de Deus. Foi isso que levou os homens a examinar a Bíblia diligentemente, descobrindo verdades que antes não haviam percebido. Jonas foi mandado por Deus para proclamar nas ruas de Nínive que dentro de quarenta dias a cidade seria subvertida; Deus, porém, aceitou a humilhação dos ninivitas, e lhes prolongou o período de graça. Contudo, a mensagem que Jonas levara, foi enviada por Deus. Nínive foi provada de acordo com Sua vontade. O mundo olhava para a nossa esperança como uma ilusão, e nosso desapontamento como o seu conseqüente malogro; entretanto, ainda que estivéssemos errados quanto ao que deveria ocorrer naquele período, não havia em realidade falta de cumprimento na visão que parecia tardar. VE 55 1 Aqueles que tinham esperado a vinda do Senhor não estavam sem consolação. Haviam obtido valioso conhecimento da pesquisa da Palavra. O plano da salvação estava mais claro em sua compreensão. Cada dia descobriam novas belezas nas páginas sagradas, e uma maravilhosa harmonia através delas todas, um texto explicando outro e não havendo nenhuma palavra empregada em vão. VE 56 1 Nosso desapontamento não foi tão grande como o dos discípulos. Quando o Filho do homem cavalgava triunfantemente para Jerusalém, esperavam que Ele fosse coroado Rei. O povo se ajuntava de toda a região em redor, e exclamava: "Hosana ao filho de Davi!" Mateus 21:9. E quando os sacerdotes e anciãos pediram a Jesus que silenciasse a multidão, Ele declarou que, se eles se calassem, as mesmas pedras clamariam, pois a profecia deveria cumprir-se. Não obstante, dentro de poucos dias esses mesmos discípulos viram seu amado Mestre, que acreditavam iria reinar no trono de Davi, estendido na torturante cruz, por sobre os fariseus zombadores e sarcásticos. Suas elevadas esperanças foram frustradas, e as trevas da morte os cercaram. Todavia Cristo estava sendo fiel às Suas promessas. Doce foi a consolação que proporcionou a Seu povo, e rica a recompensa dos verdadeiros e fiéis. VE 56 2 O Sr. Miller e os que com ele se achavam supuseram que a purificação do santuário, de que fala Daniel 8:14, significava a purificação da Terra pelo fogo antes de se tornar a habitação dos santos. Isso deveria ocorrer por ocasião do segundo advento de Cristo; portanto, esperávamos aquele acontecimento no fim dos 2.300 dias-anos. Depois de nosso desapontamento, porém, as Escrituras foram cuidadosamente pesquisadas, com oração e fervor; e após um período de indecisão derramou-se luz em nossas trevas; a dúvida e a incerteza foram varridas. VE 56 3 Em vez de a profecia de Daniel 8:14 referir-se à purificação da Terra, era então claro que se referia ao trabalho de nosso Sumo Sacerdote a encerrar-se nos Céus, à conclusão da obra expiatória, e ao preparo do povo para suportar o dia de Sua vinda. ------------------------Capítulo 6 -- Minha primeira visão VE 57 1 Não muito tempo depois da passagem do tempo em 1844, foi-me concedida a primeira visão. Estava em Portland, em visita à Sra. Haines, irmã em Cristo, cujo coração estava enlaçado ao meu. Cinco de nós, todas mulheres, estávamos ajoelhadas silenciosamente no culto da família. Enquanto estávamos orando, o poder de Deus me sobreveio como nunca o havia sentido antes. VE 57 2 Parecia estar cercada de luz, e achar-me subindo mais e mais alto da Terra. Voltei-me para ver o povo do advento no mundo, mas não o pude achar, quando uma voz me disse: "Olha novamente, e olha um pouco mais para cima." Com isso, olhei mais para o alto e vi um caminho reto e estreito, levantado em um lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. Tinham uma luz brilhante colocada por trás deles no começo do caminho, a qual um anjo me disse ser o "clamor da meia-noite." Mateus 25:6. Essa luz brilhava em toda a extensão do caminho, e proporcionava claridade para seus pés, para que não tropeçassem. VE 57 3 Se conservavam o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os para a cidade, estavam seguros. Mas logo alguns ficaram cansados, e disseram que a cidade estava muito longe e esperavam ter entrado nela antes. Então Jesus os animava, levantando Seu glorioso braço direito; e de Seu braço saía uma luz que incidia sobre o povo do advento, e eles clamavam: "Aleluia!" Outros temerariamente negavam a existência da luz atrás deles e diziam que não fora Deus quem os guiara tão longe. A luz atrás deles desaparecia, deixando-lhes os pés em densas trevas; de modo que tropeçavam e, perdendo de vista o sinal e a Jesus, caíam do caminho para baixo, no mundo tenebroso e ímpio. VE 58 1 Logo ouvimos a voz de Deus semelhante a muitas águas, a qual nos anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão ou terremoto. Ao declarar Deus o tempo, verteu sobre nós o Espírito Santo, e nosso rosto brilhou com esplendor da glória de Deus como aconteceu com Moisés, na descida do Monte Sinai. VE 58 2 Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa estava escrito: "Deus, Nova Jerusalém", e tinham uma estrela gloriosa que continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso estado feliz e santo, os ímpios enraiveceram-se e arremeteram violentamente para lançar mão de nós, a fim de lançar-nos à prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram indefesos ao chão. Foi então que a sinagoga de Satanás conheceu que Deus nos havia amado a nós, que lavávamos os pés uns aos outros e saudávamos os irmãos com ósculo santo; e adoraram a nossos pés. VE 58 3 Logo nossos olhares foram dirigidos ao Oriente, pois aparecera uma nuvenzinha aproximadamente do tamanho da metade da mão de um homem, a qual todos soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte inferior tinha aparência de fogo; o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cântico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda, uma trombeta de prata. Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente penetravam Seus filhos. Todos os rostos empalideceram; e o daqueles a quem Deus havia rejeitado se tornaram negros. Todos exclamamos então: "Quem poderá estar em pé? Estão as minhas vestes sem mancha?" Então os anjos cessaram de cantar, e houve algum tempo de terrível silêncio, quando Jesus falou: "Aqueles que têm mãos limpas e coração puro serão capazes de estar em pé; Minha graça vos basta." Com isso nosso rosto se iluminou e encheu de alegria o coração. E os anjos tocaram mais fortemente e tornaram a cantar, enquanto a nuvem mais se aproximava da Terra. VE 59 1 Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos santos que dormiam, ergueu então os olhos e mãos ao céu, e exclamou: "Despertai e exultai, vós que habitais no pó." Isaías 26:19. Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram "Aleluia!", quando reconheceram os amigos que deles tinham sido separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos ares. VE 59 2 Todos nós entramos juntos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua própria destra as colocou sobre nossa cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa. E todos estavam vestidos com um glorioso manto branco, dos ombros aos pés. Havia anjos de todos os lados em redor de nós quando caminhávamos sobre o mar de vidro em direção à porta da cidade. Jesus levantou o potente e glorioso braço, segurou o portal de pérolas, fê-lo girar sobre seus luzentes gonzos e nos disse: "Lavastes vossas vestes em Meu sangue, permanecestes firmes pela Minha verdade; entrai." Todos entramos e sentíamos ter perfeito direito à cidade. VE 60 1 Ali vimos a árvore da vida e o trono de Deus. Do trono provinha um rio puro de água, e de cada lado do rio estava a árvore da vida. De um lado do rio havia um tronco da árvore, e do outro lado outro, ambos de ouro puro e transparente. A princípio pensei que via duas árvores. Olhei outra vez e vi que elas se uniam em cima numa só árvore. Assim estava a árvore da vida em ambos os lados do rio da vida. Seus ramos curvavam-se até o lugar em que nos achávamos, e seu fruto era esplêndido; tinha o aspecto de ouro, de mistura com prata. VE 61 1 Todos nós fomos debaixo da árvore, e sentamo-nos para contemplar o encanto daquele lugar, quando os irmãos Fitch e Stockman, que tinham pregado o evangelho do reino, e a quem Deus depusera na sepultura para os salvar, se achegaram e nos perguntaram o que acontecera enquanto eles haviam dormido. Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos -- "Aleluia! muito fácil é adquirir o Céu!" -- e tangemos nossas gloriosas harpas e fizemos com que as arcadas do Céu reboassem. VE 61 2 Depois de voltar da visão, tudo parecia mudado; tristeza envolvia tudo que eu contemplava. Oh! quão tenebroso me parecia este mundo! Chorei quando me achei aqui, e senti saudades. Eu vira um mundo melhor, que depreciara este para mim. VE 61 3 Relatei esta visão aos crentes em Portland, que creram plenamente provir de Deus. Todos achavam que Deus escolhera esse meio, depois do grande desapontamento de outubro, para consolar e fortalecer o Seu povo. O Espírito do Senhor acompanhava o testemunho e éramos impressionados com a transcendência da eternidade. Enchia-me um temor indizível de que, tão jovem e fraca, houvesse sido escolhida como instrumento pelo qual Deus outorgaria luz a Seu povo. Enquanto me achava sob o poder do Senhor, eu estava cheia de alegria, parecendo estar rodeada de santos anjos nas cortes gloriosas do Céu, onde tudo é paz e contentamento. Triste e amarga mudança foi o despertar-me para as realidades da vida mortal. ------------------------Capítulo 7 -- Visão da nova terra* VE 62 1 Com Jesus a nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra, sobre uma grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a Jesus sobre si, se partiu em duas, formando uma grande planície. Olhamos então para cima e vimos a grande cidade, com doze fundamentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Todos exclamamos: "A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus descendo do Céu", e ela veio e se pôs no lugar em que nos achávamos. VE 62 2 Pusemo-nos então a observar as coisas gloriosas fora da cidade. Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoiadas por quatro colunas entremeadas de pérolas preciosas, muito agradáveis à vista. Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia uma prateleira de ouro. Vi muitos dos santos entrarem nas casas, tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na prateleira, saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra. Não como temos de fazer com a terra aqui. Absolutamente. Uma gloriosa luz lhes resplandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente louvando a Deus. VE 62 3 Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores, e, quando as apanhei, exclamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos então num campo cheio de todas as espécies de animais: leão, cordeiro, leopardo, lobo. Todos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam. Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso. Os ramos das árvores agitavam-se de um lado para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos nos bosques." Atravessamos os bosques, pois estávamos a caminho do Monte Sião. VE 63 1 No trajeto, encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que, por Sua causa, haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. VE 63 2 O Monte Sião estava exatamente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios. E vi as crianças subirem ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão. Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espécies de árvores: o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, o mirto, a romãzeira e a figueira curvada ao peso de seus figos maduros. Elas embelezavam aquele local. E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os 144.000 entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia!" VE 63 3 Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engastadas de pérolas belíssimas. As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh, se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do mundo melhor. Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos 144.000. VE 64 1 Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos deixou e foi à cidade. Logo Lhe ouvimos de novo a delicada voz, dizendo: "Vinde, povo Meu; viestes da grande tribulação, e fizestes Minha vontade; sofrestes por Mim; vinde à ceia, pois Eu Me cingirei e vos servirei." Nós exclamamos: "Aleluia! Glória!" e entramos na cidade. VE 64 2 E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo nossos olhares podiam alcançá-la toda. Vi o fruto da árvore da vida, o maná, amêndoas, figos, romãs, uvas e muitas outras espécies de frutas. VE 64 3 Pedi a Jesus que me deixasse comer do fruto. Disse Ele: "Agora não. Os que comem do fruto deste lugar, não mais voltam à Terra. Mas, dentro em pouco, se fores fiel, não somente comerás do fruto da árvore da vida mas beberás também da água da fonte." E disse: "Deves novamente voltar à Terra, e relatar a outros o que te revelei." Então um anjo me trouxe mansamente a este mundo escuro. ------------------------Capítulo 8 -- Chamado para viajar VE 65 1 Em minha segunda visão, cerca de uma semana depois da primeira, o Senhor me apresentou uma perspectiva das provas por que eu iria passar, e disse-me que eu deveria ir relatar a outros o que Ele me havia revelado. Foi-me mostrado que meus trabalhos encontrariam grande oposição, e meu coração seria ferido pela angústia; mas a graça de Deus seria suficiente para amparar-me em tudo. VE 65 2 Depois que voltei dessa visão, fiquei imensamente perturbada, pois ela indicava o meu dever de ir entre o povo e apresentar a verdade. Eu tinha a saúde tão debilitada que constantemente me encontrava em sofrimento físico, e pelas aparências, não tinha senão pouco tempo de vida. Eu tinha, então, apenas dezessete anos de idade, era pequena e franzina, não acostumada à sociedade, e naturalmente tão tímida e reservada que era penoso para mim enfrentar estranhos. VE 65 3 Durante vários dias e até tarde da noite, orei para que este encargo fosse removido de mim e posto sobre alguém mais capaz de o suportar. Não se me alterou, porém, a consciência do dever, e soavam-se continuamente aos ouvidos as palavras do anjo: "Toma conhecido a outros o que te revelei." VE 65 4 Até então, quando o Espírito de Deus comigo instava a respeito do meu dever, eu me dominava, esquecendo todo receio e timidez, pelo pensamento do amor de Jesus e da obra maravilhosa que Ele por mim fizera. VE 65 5 Parecia-me, porém, impossível realizar esse trabalho que me era apresentado. Achava que, se tentasse, seria fracasso certo. As provações que o acompanhariam me aparentavam ser mais do que poderia suportar. Como poderia eu, ainda tão jovem, sair de um lugar para outro, para explicar ao povo as santas verdades de Deus? Meu coração estremecia de terror àquele pensamento. Meu irmão Roberto, apenas dois anos mais velho do que eu, não poderia acompanhar-me, pois era de saúde fraca, e sua timidez maior do que a minha; nada o poderia induzir a dar semelhante passo. Meu pai tinha a família para sustentar e não poderia abandonar suas ocupações; mas repetidas vezes me afirmava que se Deus me havia chamado para trabalhar noutros lugares, não deixaria de abrir o caminho para mim. Mas essas palavras de animação pouco conforto traziam ao meu desalentado coração; o caminho diante de mim parecia obstruído com dificuldades que eu era incapaz de superar. VE 66 1 Eu desejava a morte como livramento das responsabilidades que sobre mim convergiam. Finalmente a doce paz que havia tanto tempo eu sentia, deixou-me, e o desespero novamente me oprimia a alma. Animação recebida dos irmãos VE 66 2 O grupo de crentes de Portland ignorava a preocupação de espírito que me prostrara nesse estado de desânimo; mas sabiam que por qualquer razão eu estava abatida e, considerando a maneira misericordiosa como o Senhor Se manifestara a mim, opinavam que esse meu desalento era pecaminoso. Realizavam-se reuniões em casa de meu pai, mas tão grande era a minha angústia de espírito, que a elas não assisti por algum tempo. Meu fardo tornava-se mais e mais pesado, até que minha agonia de espírito parecia ser superior às minhas forças. VE 66 3 Finalmente fui induzida a comparecer a uma das reuniões em minha própria casa. A igreja fez de meu caso um assunto especial de oração. O irmão Pearson que se opusera às manifestações do poder de Deus sobre mim nas minhas primeiras experiências, orava agora fervorosamente por mim e me aconselhava a submeter-me à vontade do Senhor. Como um pai carinhoso procurava animar-me e consolar-me, convidando-me a crer que não fora esquecida pelo Amigo dos pecadores. VE 67 1 Eu me sentia demasiadamente fraca e desanimada para fazer por mim mesma qualquer esforço especial; mas meu coração se unia às petições de meus amigos. Agora eu pouco me incomodava com a oposição do mundo, e sentia-me disposta a fazer qualquer sacrifício, se tão-somente pudesse reaver o favor de Deus. VE 67 2 Enquanto se fazia oração por mim, para que o Senhor me desse força e ânimo para levar a mensagem, dissiparam-se as densas trevas que me haviam rodeado, e uma súbita luz veio sobre mim. Alguma coisa que me pareceu semelhante a uma bola de fogo, bateu-me exatamente sobre o coração, e caí ao chão, desfalecida. Pareceu-me estar na presença dos anjos. Um destes seres santos, de novo repetiu as palavras: "Torna conhecido a outros o que te revelei." VE 67 3 O irmão Pearson, que não podia ajoelhar-se por causa de seu reumatismo, testemunhou essa ocorrência. Quando me reanimei suficientemente para ver e ouvir, ele se levantou de sua cadeira e disse: "Vi uma cena tal como jamais esperaria ver. Uma bola de fogo desceu do céu e bateu na irmã Ellen Harmon exatamente sobre o coração. Eu vi! eu vi! Nunca o esquecerei. Isso transformou todo o meu ser. Irmã Ellen, tenha ânimo no Senhor. Desde esta noite nunca mais duvidarei. Doravante nós a ajudaremos, e não a desanimaremos." O receio da exaltação própria VE 67 4 Oprimia-me o grande receio de que, se eu obedecesse ao chamado do dever e fosse declarar-me favorecida do Altíssimo com visões e revelações para o povo, pudesse entregar-me à exaltação pecaminosa, e elevar-me acima da posição que me cumpria ocupar, bem como trazer sobre mim o desagrado de Deus e perder a própria alma. Eu sabia de casos tais, e meu coração confrangia-se ante a severa prova. VE 68 1 Supliquei então que, se eu devesse ir relatar o que o Senhor me mostrara, fosse preservada de exaltação. Disse o anjo: "Tuas orações são ouvidas e serão atendidas. Se esse mal que receias te ameaçar, a mão de Deus estará estendida para salvar-te; por meio de aflições Ele te trará a Si, e preservará tua humildade. Apresenta a mensagem fielmente; resiste até ao fim, e comerás do fruto da árvore da vida e beberás da água da vida." VE 68 2 Depois de readquirir consciência das coisas terrestres, entreguei-me ao Senhor, pronta para cumprir Sua ordem, fosse qual fosse. Entre os crentes do Maine VE 68 3 Depois de não muito tempo o Senhor abriu o caminho para eu ir com meu cunhado visitar minhas irmãs em Portland, quarenta e cinco quilômetros distante de casa. Enquanto estava ali, tive oportunidade de dar meu testemunho. Por três meses eu tivera a garganta e os pulmões tão doentes que apenas podia falar pouco, e isso mesmo em tom baixo e rouco. Nessa ocasião levantava-me em reunião e começava a falar como em cochicho. Continuava assim por uns cinco minutos, quando aquele estado de sensibilidade e obstrução passava, minha voz ficava clara e forte, e eu falava com toda a facilidade e liberdade por quase duas horas. Terminada a minha mensagem, enfraquecia-se-me a voz até que de novo me achasse perante o povo, quando a mesma singular restauração se repetia. Eu sentia uma constante certeza de que estava fazendo a vontade de Deus, e via assinalados resultados acompanhando meus esforços. VE 69 1 Providencialmente o caminho abriu-se para eu ir à parte oriental do Estado do Maine. O irmão Guilherme Jordan, acompanhado de sua irmã, devia ir a negócios a Orrington, e foi-me solicitado ir com eles. Como eu prometera ao Senhor andar no caminho que Ele abrisse diante de mim, não ousei recuar. O Espírito de Deus acompanhou a mensagem que eu levei àquele lugar; corações alegraram-se na verdade, e os desanimados foram consolados, dispondo-se a renovar sua fé. VE 69 2 Em Orrington encontrei o Pastor Tiago White. Ele era conhecido de meus amigos, e estava empenhado no trabalho da salvação de almas. VE 69 3 Também visitei Garland, onde uma grande congregação se reuniu, vinda de vários lugares para ouvir minha mensagem. VE 69 4 Logo depois disso fui a Exeter, pequena aldeia não longe de Garland. Ali senti um pesado fardo, de que não me pude livrar antes que relatasse o que me havia sido mostrado, concernente a algumas pessoas fanáticas que estavam presentes. Declarei que estavam enganadas pensando que eram influenciadas pelo Espírito de Deus. Meu testemunho foi muito desagradável para essas pessoas e para os que com elas simpatizavam. VE 69 5 Em seguida voltei a Portland, tendo dado o testemunho que Deus me confiara, e experimentado Sua aprovação em cada passo. Uma oração atendida VE 69 6 Na primavera de 1845, fiz uma visita a Topsham, Maine. Certa ocasião vários de nós nos reuníramos em casa do irmão Stockbridge Howland. Sua filha mais velha, a Srta. Frances Howland, muitíssimo minha amiga, estava atacada de febre reumática, e sob cuidados médicos. Suas mãos estavam tão terrivelmente inchadas que não se podiam distinguir as juntas. Quando, sentados, falamos de seu caso, o irmão Howland foi interrogado se tinha fé que sua filha poderia ser curada em resposta à oração. Respondeu que procuraria crer que sim, e imediatamente declarou que cria ser possível. VE 71 1 Ajoelhamo-nos todos em oração fervorosa a Deus em favor dela. Invocamos a promessa: "Pedi, e recebereis." João 16:24. A bênção de Deus acompanhou as nossas orações, e tivemos a certeza de que Deus desejava curar a enferma. Um dos irmãos presentes exclamou: "Há aqui uma irmã que tenha fé para tomá-la pela mão e mandar que, em nome do Senhor, se levante?" VE 71 2 A irmã Frances estava deitada no quarto de cima, e antes que ele acabasse de falar, a irmã Curtis já se dirigia à escada. Entrou no quarto da enferma, com o Espírito de Deus sobre si, e tomando a doente pela mão, disse: "Irmã Frances, em nome do Senhor, levante-se e sare." Nova vida atravessou as veias da jovem enferma, fé santa se apoderou dela e, obedecendo-lhe aos impulsos, levantou-se do leito, ficou em pé, e andou pelo quarto, louvando a Deus pelo seu restabelecimento. Vestiu-se logo, e, com o rosto iluminado de indizível alegria e gratidão, desceu à sala em que estávamos reunidos. VE 71 3 Na manhã seguinte almoçou conosco. Logo depois, enquanto o Pastor White lia o quinto capítulo de Tiago, para o culto familiar, chegou o médico ao vestíbulo, e como de costume subiu as escadas para visitar sua cliente. Não a achando ali, desceu à pressa e, com expressão de espanto, abriu a porta da grande cozinha onde estávamos todos sentados, inclusive sua paciente. Olhou para ela com admiração, e finalmente proferiu: "Então Frances, está melhor!" VE 72 1 O irmão Howland respondeu: "O Senhor a curou", e o que lia reatou a leitura do capítulo, no ponto em que fora interrompida: "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele." Tiago 5:14. O médico escutou com expressão curiosa, misto de espanto e incredulidade, meneou a cabeça, e saiu precipitadamente. VE 72 2 No mesmo dia a irmã Frances andou a cavalo quatro quilômetros e meio, voltando para casa à noite; e, posto que estivesse chovendo, não lhe adveio disso mal algum, e continuou melhorando rapidamente. Dentro de poucos dias, a seu pedido, foi levada à água e batizada. Conquanto o tempo e a água estivessem muito frios, não lhe sobreveio nenhum mal por isso e, pelo contrário, desde aquele tempo ficou livre da doença, e desfrutou saúde normal. ------------------------Capítulo 9 -- Defrontando o fanatismo VE 73 1 Quando voltei a Portland, havia evidências dos efeitos desoladores do fanatismo. Alguns pareciam crer que a religião consistia em grande exaltação e rumor. Costumavam falar de modo que irritava os incrédulos, e isso influía para se levantar ódio contra eles mesmos e as doutrinas que ensinavam. Então se regozijavam de que sofressem perseguição. Os incrédulos não podiam ver nenhuma coerência nesse procedimento. Nalguns lugares os crentes eram impedidos de celebrar seus cultos. Os inocentes sofriam com os culpados. VE 73 2 Grande parte do tempo eu tinha o coração triste e pesaroso. Parecia coisa cruel que a causa de Cristo devesse ser prejudicada pelo procedimento daqueles homens sem critério. Não somente estavam promovendo a ruína da própria alma, mas pondo sobre a causa um estigma difícil de ser removido. E Satanás, gostava que assim fosse. Convinha-lhe muito ver a verdade manejada por homens não santificados, vê-la misturada com erros, e então tudo juntamente pisado em terra. Olhava com triunfo ao estado de confusão e dispersão dos filhos de Deus. VE 73 3 Estremecíamos ao pensar nas igrejas que iriam ser submetidas a esse espírito de fanatismo. Meu coração condoía-se pelo povo de Deus. Deveriam eles ser enganados e transviados por esse falso entusiasmo? Fielmente proferia os avisos a mim dados pelo Senhor; mas pareciam produzir pouco efeito, exceto no tocante a tornar os extremistas invejosos de mim. Falsa humildade VE 73 4 Alguns havia que professavam grande humildade, e advogavam o arrastar-se no chão, quais crianças, como prova de humildade. Pretendiam que as palavras de Jesus em Mateus 18:1-6 devessem ter cumprimento literal neste período, em que esperavam a volta de seu Salvador. Costumavam arrastar-se em redor de suas casas, nas ruas, nas pontes e na própria igreja. VE 74 1 Eu lhes disse claramente que isso não era exigido; que a humildade que Deus esperava de Seu povo devia manifestar-se por uma vida semelhante à de Cristo, e não pelo arrastar-se no chão. Todas as coisas espirituais devem ser tratadas com santa dignidade. A humildade e mansidão estão de acordo com a vida de Cristo, mas devem mostrar-se de modo digno. VE 74 2 O cristão revela a verdadeira humildade, mostrando a brandura de Cristo, estando sempre pronto para auxiliar a outros, falando palavras amáveis e praticando atos desinteressados, o que eleva e enobrece a mais sagrada mensagem já vinda ao nosso mundo. A doutrina do ócio VE 74 3 Havia alguns em Paris, Maine, que criam ser pecado trabalhar. O Senhor me entregou uma reprovação para o dirigente desse erro, na qual declarava que, abstendo-se do trabalho, propagando seus erros e condenando quem os não recebia, ele estava procedendo contrariamente à Palavra de Deus. Ele rejeitou todas as provas que o Senhor deu para convencê-lo de seu erro, e decidiu-se a não modificar sua maneira de proceder. Empreendeu cansativas viagens, caminhando grandes distâncias para lugares onde apenas receberia desacato, e pensava que assim sofria pela causa de Cristo. Prescindindo de razão e de juízo, obedecia a seus impulsos. VE 74 4 Vi que Deus trabalharia pela salvação de Seu povo: que esse homem desencaminhado logo se manifestaria de modo que todos os honestos de coração veriam que não estava sendo influenciado pelo bom espírito, e que sua carreira breve terminaria. Logo depois se desfez o ardil, e pouca influência ele exerceu sobre os crentes. Atribuiu ao diabo a procedência de minhas visões, e continuou a seguir suas inclinações, até que perdeu o juízo e seus amigos foram obrigados a interná-lo num manicômio. Finalmente fez uma corda com roupa de cama, enforcando-se com ela, e seus seguidores foram levados a se compenetrar da falácia de seus ensinos. A dignidade do trabalho VE 75 1 Deus ordenou que os seres por Ele criados, trabalhem. Disto depende sua felicidade. Ninguém no grande domínio da criação do Senhor, foi feito para ser zangão. Nossa felicidade aumenta e nossa capacidade desenvolve-se ao nos empenharmos em ocupações úteis. VE 75 2 A ação proporciona energia. Perfeita harmonia prevalece no Universo de Deus. Todos os seres celestiais estão em constante atividade; e o Senhor Jesus, no trabalho de Sua vida, nos deu a todos um exemplo. Ele andou "fazendo o bem". Deus estabeleceu a lei da ação obediente. Silenciosos mas incessantes, os objetos de Sua criação fazem o seu trabalho designado. O oceano está em constante movimento. A relva que cresce, que hoje é, e amanhã é lançada no forno, desempenha o seu papel, vestindo o campo de beleza. As folhas movem-se, e, no entanto, não se vê mão alguma tocá-las. O Sol, a Lua e as estrelas são úteis e cumprem magnificamente sua missão. VE 75 3 A todo tempo funciona o mecanismo do corpo. Dia após dia o coração pulsa, efetuando a sua tarefa regular e determinada, forçando a corrente carmesim a ir a todas as partes do corpo. Atividade, atividade é o que se vê permear todo mecanismo vivo. E o homem, com seu espírito e corpo criados à semelhança de Deus, deve ser ativo a fim de preencher o lugar que lhe foi designado. Não deve estar ocioso. A ociosidade é pecado. Uma provação severa VE 76 1 Em plena experiência de minha luta contra o fanatismo, fui submetida a uma severa provação. Se o Espírito de Deus repousava sobre alguém na reunião, e esse glorificava a Deus, louvando-O, alguns levantavam o brado de mesmerismo; se o Senhor era servido dar-lhe uma visão na reunião, alguns diziam que era efeito da agitação e do mesmerismo. VE 76 2 Aflita e desanimada, eu ia muitas vezes sozinha a um lugar solitário para derramar a alma diante dAquele que convida os cansados e oprimidos para irem a Ele e encontrarem descanso. Enquanto minha fé requeria as promessas, Jesus parecia muito próximo. A suave luz do Céu brilhava em meu redor; parecia-me estar enlaçada pelos braços de meu Salvador e, ali, era arrebatada em visão. Mas quando relatava o que Deus me revelara, a mim sozinha, onde nenhuma influência terrestre poderia afetar-me, ficava aflita e espantada ao ouvir alguns insinuarem que os que viviam mais perto de Deus estavam mais no caso de ser enganados por Satanás. VE 76 3 Alguns quiseram fazer-me crer que não havia Espírito Santo, e que todas as operações que os santos homens de Deus haviam experimentado, eram apenas o efeito do mesmerismo ou da operação de Satanás. VE 76 4 Aqueles que por certos textos das Escrituras haviam adotado opiniões extremistas, abstendo-se completamente do trabalho, e repelindo todos quantos não queriam aceitar suas idéias sobre este ou outros pontos concernentes a deveres religiosos, acusavam-me de me conformar com o mundo. De outro lado, os adventistas nominais acusavam-me de fanatismo, e eu era falsamente apresentada como a dirigente do fanatismo, para cuja repressão eu trabalhava constantemente. VE 77 1 Diferentes ocasiões foram marcadas para a vinda do Senhor, e insistia-se a tal respeito com os irmãos. O Senhor, porém, mostrou-me que passariam, pois o tempo de angústia deveria ocorrer antes da vinda de Cristo; e que cada vez que se marcasse uma data, e esta passasse, isso enfraqueceria a fé do povo de Deus. Por esse motivo eu era acusada de ser o mau servo que dizia: "O meu Senhor tarde virá." Mateus 24:48. VE 77 2 Todas essas coisas me afligiam grandemente e, em minha confusão, era algumas vezes tentada a duvidar de minha própria experiência. VE 77 3 Enquanto numa manhã orávamos em família, o poder de Deus desceu sobre mim e, subitamente, ocorreu-me o pensamento de que era mesmerismo, e resisti. Imediatamente fui atacada de mudez, e por alguns momentos perdi de vista tudo quanto me cercava. Vi então meu pecado por duvidar do poder de Deus, e que, devido a isso, ficara muda, mas minha língua seria desatada em menos de vinte e quatro horas. Foi-me mostrado um cartão, em que estavam escritos em letras de ouro o capítulo e versículos de cinqüenta textos* das Escrituras. VE 78 1 Depois que voltei da visão, pedi por sinais a lousa, e nela escrevi que estava muda, também o que vira, e que queria a Bíblia grande. Tomei-a, e prontamente busquei todos os textos que vira no cartão. VE 78 2 Estive sem poder falar durante o dia todo. Cedo na manhã seguinte, minha alma se encheu de alegria, minha língua se soltou e prorrompi em grandes louvores a Deus. Depois daquilo não ousei duvidar, nem por um momento sequer resistir ao poder de Deus, pensassem outros de mim o que quisessem. VE 78 3 Até então não me fora possível escrever; minha mão trêmula não podia segurar com firmeza a pena. Estando em visão, um anjo me ordenou escrevê-la. Obedeci, e escrevi prontamente. Meus nervos estavam fortalecidos, e desde aquele dia até hoje minha mão tem estado firme. Exortações à fidelidade VE 78 4 Era muito penoso para mim, relatar aos que erravam o que, concernente a eles, me havia sido mostrado. Causava-me grande angústia ver outros perturbados ou entristecidos. E, sendo obrigada a declarar as mensagens, queria muitas vezes abrandá-las e fazê-las parecer tão favoráveis às pessoas quanto eu podia, e então ficava a sós e chorava em agonia de espírito. Eu olhava àqueles que pareciam ter apenas sua própria alma para cuidar, e achava que, se estivesse em sua situação, não murmuraria. Era penoso descrever os testemunhos claros e incisivos a mim apresentados por Deus. Ansiosamente aguardava o resultado; e, se as pessoas reprovadas se rebelavam contra a reprovação, e mais tarde se opunham à verdade, eu me perguntava: Terei eu apresentado a mensagem exatamente como devia? Não poderia haver algum meio de os salvar? E então me oprimia a alma uma angústia tal que muitas vezes achava que a morte seria um bem-vindo mensageiro e a sepultura um suave lugar de descanso. VE 79 1 Não compreendia que assim inquirindo e duvidando eu era infiel, e não enxergava o perigo e o pecado de tal procedimento, até que, em visão fui levada à presença de Jesus. Ele me olhou com o semblante carregado, e desviou o rosto de mim. Não é possível descrever o terror e a agonia que então senti. Prostrei-me sobre o rosto diante dEle, mas não tinha ânimo para proferir uma palavra. Oh, quanto eu desejava ocultar-me e subtrair-me àquela terrível expressão sombria! Pude compreender então até certo ponto quais serão os sentimentos dos perdidos, quando clamarem às montanhas e às rochas: "Caí sobre nós, e escondei-nos da face dAquele que está assentado no trono, e da ira do Cordeiro." Apocalipse 6:16. VE 79 2 Imediatamente um anjo me mandou levantar, e o quadro que meus olhos viram dificilmente poderá ser descrito. Diante de mim havia uma multidão de cabelos desgrenhados e vestes despedaçadas, e cujo rosto era a própria expressão do desespero e terror. Achegaram-se a mim, e roçaram suas vestes nas minhas. Quando olhei às minhas vestes, vi que estavam manchadas de sangue. De novo caí como morta aos pés do meu anjo assistente. Não podia alegar uma desculpa, e desejava estar fora daquele santo lugar. VE 79 3 O anjo me pôs de pé, e disse: "Este não é o teu estado agora; mas esta cena te foi apresentada para te fazer saber qual será tua situação se negligenciares declarar a outros o que o Senhor te revelou. Mas se fores fiel até o fim, comerás da árvore da vida, e beberás da água da vida. Terás de sofrer muito, mas a graça de Deus te basta." VE 80 1 Então senti-me disposta a fazer tudo que o Senhor exigisse de mim a fim de obter Sua aprovação, e não contemplar Sua terrível expressão de desagrado. O selo da aprovação divina VE 80 2 Aqueles foram tempos agitados. Se não tivéssemos então permanecido firmes, teríamos naufragado na fé. Alguns diziam que éramos obstinados; tínhamos de pôr nosso rosto como um seixo, e não desviar-nos nem para a direita nem para a esquerda. VE 80 3 Durante anos trabalhávamos para rebater os preconceitos e subjugar a oposição que por vezes ameaçava sobrepujar os fiéis porta-bandeiras da verdade -- heróis e heroínas da fé. Achávamos, porém, que aqueles que buscavam a Deus em humildade e contrição de alma eram capazes de discernir entre o verdadeiro e o falso. "Guiará os mansos retamente; e aos mansos ensinará o Seu caminho." Salmos 25:9. VE 80 4 Deus nos concedeu uma experiência preciosa naqueles dias. Quando em conflito cerrado com os poderes das trevas, como freqüentemente nos achávamos, tudo apresentávamos ao poderoso Auxiliador. Repetidas vezes orávamos pedindo força e sabedoria. Não nos queríamos render, pois sentíamos que o auxílio deveria vir. E pela fé em Deus, o ataque inimigo virou-se contra ele mesmo, ganharam-se vitórias gloriosas para a causa da verdade, e viemos a compreender que Deus não nos dera Seu espírito por medida. Não fossem essas provas especiais do amor de Deus, não houvesse Ele, dessa maneira, pela manifestação de Seu Espírito, aposto Seu selo à verdade, e poderíamos ter desanimado. Mas essas provas da direção divina, essas vívidas experiências nas coisas de Deus, fortaleceram-nos para ferirmos corajosamente as batalhas do Senhor. Os crentes puderam mais claramente discernir como Deus lhes havia apontado o caminho, guiando-os por entre provações, desapontamentos e terríveis conflitos. Tornavam-se mais fortes à medida que encontravam e venciam obstáculos, e adquiriam uma rica experiência a cada passo que avançavam. Lições do passado VE 81 1 Em anos seguintes, foi-me mostrado que as falsas teorias insinuadas no passado, de maneira alguma surgiram em vão. Em havendo oportunidades favoráveis, elas reaparecerão. Não nos esqueçamos de que tudo que puder ser abalado, sê-lo-á. Com algumas pessoas o inimigo será bem-sucedido ao subverter a fé, mas os que forem fiéis aos princípios, não serão abalados. Permanecerão firmes por entre provações e tentações. O Senhor indicou esses erros; e os que não discernirem onde Satanás entra continuarão a ser levados por falsos caminhos. Jesus nos ordena ser vigilantes, e confirmar os restantes, que estão para morrer. VE 81 2 Não devemos entrar em controvérsia com os que mantêm falsas teorias. A discussão não traz proveito. Cristo nunca a entreteve. "Está escrito" (Lucas 4:8) -- era a arma usada pelo Redentor do mundo. Conservemo-nos ligados à Palavra. Deixemos que o Senhor Jesus e Seus mensageiros testifiquem. Sabemos que o testemunho deles é verdadeiro. VE 81 3 Cristo preside todas as obras de Sua criação. Na coluna de fogo Ele guiava os filhos de Israel, vendo os Seus olhos o passado, o presente e o futuro. Ele deve ser reconhecido e honrado por todos os que amam a Deus. Seus mandamentos devem ser a força dirigente na vida de Seu povo. VE 81 4 O tentador vem com a insinuação de que Cristo removeu a sede de Seu trono e poder para alguma região desconhecida, e que os homens não mais necessitam de ser incomodados com exaltar-Lhe o caráter e obedecer à Sua lei. Os seres humanos devem ser uma lei para si mesmos, declara ele. Esses enganos exaltam o eu e anulam a Deus. Destroem as restrições e o governo moral na família humana. As restrições ao vício enfraquecem mais e mais. O mundo não ama nem teme a Deus. E os que não amam nem temem a Deus logo perdem todo o senso da obrigação de uns para com os outros. Estão sem Deus e sem esperança no mundo. VE 83 1 Os ensinadores que não põem diariamente a Palavra de Deus em contato com o trabalho de sua vida estão em grande perigo. Não possuem de Deus ou de Cristo um conhecimento tal que possa salvar. Aqueles que não vivem a verdade são os que mais propensos se acham a inventar enganos para ocupar o tempo e absorver a atenção que deveriam ser empregados no estudo da Palavra de Deus. Terrível erro é para nós negligenciarmos o estudo da Bíblia, e estudarmos teorias que desorientam, desviando a mente das palavras de Cristo para as falácias de origem humana. VE 83 2 Não precisamos de nenhum ensino imaginoso no tocante à personalidade de Deus. O que Deus deseja que conheçamos a Seu respeito está revelado em Sua Palavra e em Suas obras. As belas coisas da Natureza revelam o Seu caráter e poder criador. São a Sua dádiva à raça humana a fim de mostrar o Seu poder, e mostrar que Ele é um Deus de amor. Mas ninguém está autorizado a dizer que Deus mesmo esteja em pessoa na flor, na folha ou na árvore. Estas coisas são obra de Deus e revelam Seu amor à humanidade. VE 83 3 Cristo é a perfeita revelação de Deus. Aqueles que desejam conhecer a Deus, estudem a obra e os ensinos de Cristo. Àqueles que O recebem e nele crêem, Ele dá o poder de serem feitos filhos de Deus. ------------------------Capítulo 10 -- O sábado do Senhor VE 85 1 Quando em visita a New Bedford, Massachusetts, em 1846, conheci o Pastor José Bates. Ele havia de princípio abraçado a fé do advento, e era trabalhador ativo na Causa. Achei que era um verdadeiro cavalheiro cristão, cortês e amável. VE 85 2 A primeira vez que me ouviu falar manifestou profundo interesse. Depois que eu acabara de falar, levantou-se e disse: "Eu duvido como Tomé. Não creio em visões. Se, porém, pudesse crer que o testemunho que a irmã relatou esta noite é na verdade a voz de Deus para nós, seria o mais feliz dos homens. Meu coração está profundamente comovido. Creio que a oradora é sincera, mas não posso compreender quanto ao que respeita serem-lhe mostradas as maravilhosas coisas que nos relatou." VE 85 3 O Pastor Bates guardava o sábado, sétimo dia da semana, e para esse dia nos chamava a atenção como sendo o verdadeiro Sábado. Eu não compreendia sua importância, e achava que ele errava em ocupar-se com o quarto mandamento mais do que com os outros nove. VE 85 4 O Senhor, porém, me deu uma visão do santuário celestial, em que o templo de Deus foi aberto no Céu, e foi-me mostrada a arca de Deus coberta com o propiciatório. Em cada extremidade da arca havia um anjo com as asas estendidas sobre o propiciatório e a face voltada para ele. Isso, informou-me o meu anjo assistente, representa todo o exército celestial olhando com reverente temor para a lei divina, que foi escrita com o dedo de Deus. VE 85 5 Jesus levantou a cobertura da arca, e contemplei as tábuas de pedra em que os Dez Mandamentos estavam escritos. Fiquei atemorizada quando vi o quarto mandamento mesmo no centro dos dez preceitos, com uma suave auréola de luz rodeando-o. Disse o anjo: "É o único dos dez que define o Deus vivo que criou os Céus e a Terra e todas as coisas que neles há." VE 86 1 Quando foram postos os fundamentos da Terra, também foi posto o fundamento do sábado. Foi-me mostrado que se o verdadeiro sábado houvesse sido guardado, jamais teria havido um incrédulo nem ateu. A observância do sábado teria preservado da idolatria o mundo. O quarto mandamento VE 86 2 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharas, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os Céus e a Terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou. Êxodo 20:8-11. VE 86 3 O quarto mandamento tem sido pisado a pés; por isso, somos chamados para reparar a brecha na lei de Deus e defender o sábado profanado. O homem do pecado, que se exalta acima de Deus, e pensou mudar os tempos e a lei, efetuou a mudança do sábado, do sétimo para o primeiro dia da semana. Fazendo isso, perpetrou uma brecha na lei de Deus. Precisamente antes do grande dia de Deus, é enviada uma mensagem para exortar o povo a voltar à obediência à lei de Deus, quebrantada pelo anticristo. Por preceito e exemplo devemos chamar a atenção para a brecha feita na lei. VE 87 1 Foi-me mostrado que as preciosas promessas de Isaías 58:12-14 se aplicam aos que trabalham pela restauração do verdadeiro sábado. VE 87 2 Foi mostrado que o terceiro anjo, que proclama os mandamentos e a fé de Jesus (Apocalipse 14:9-14), representa o povo que recebe essa mensagem, e ergue a voz de advertência ao mundo para que guarde os mandamentos de Deus e a Sua lei como a menina dos olhos; e em resposta a esta advertência muitos abraçariam o sábado do Senhor. Promessas para os guardadores do sábado VE 87 3 Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações, e serás chamado reparador de brechas, e restaurador de veredas para que o país se torne habitável. Se desviares o pé de profanar o sábado, e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; e se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da Terra, e te sustentarei com a herança de Jacó; teu pai, porque a boca do Senhor o disse. Isaías 58:12-14. ------------------------Capítulo 11 -- Meu casamento e trabalhos conjuntos VE 88 1 Em 30 de agosto de 1846 uni-me em casamento com o Pastor Tiago White. O Pastor White adquirira profunda experiência no movimento do advento, e seus trabalhos na proclamação da verdade tinham sido abençoados por Deus. Nossos corações uniram-se na grande obra e, juntos, viajamos e trabalhamos pela salvação de almas. Confirmando a fé VE 88 2 Em novembro de 1846 assisti, com meu esposo, a uma reunião em Topsham, Maine, à qual o Pastor José Bates estava presente. Ele não cria então inteiramente que minhas visões provinham de Deus. Aquela reunião foi uma ocasião de muito interesse. O Espírito de Deus repousou sobre mim; tive uma visão da glória de Deus e, pela primeira vez, me foram mostrados outros planetas. Depois que voltei da visão, relatei o que vira. O Pastor Bates perguntou então se eu havia estudado Astronomia. Disse-lhe que não tinha lembrança de já haver contemplado um livro de astronomia. Volveu ele, então: "Isto é do Senhor." Seu rosto resplandeceu com a luz do Céu, e ele exortou a igreja com poder. VE 88 3 Relativamente à sua atitude para com as visões, o Pastor Bates fez a seguinte declaração: VE 88 4 "Se bem que eu não pudesse ver coisa alguma nelas que militasse contra a Palavra, sentia-me todavia extraordinariamente inquieto e tentado, e durante muito tempo indisposto a crer que aquilo fosse algo mais do que o que se produziria pelo estado de prolongada debilidade física da vidente. VE 88 5 "Portanto, procurei oportunidade na presença de outros, quando seu espírito parecia livre de agitação (fora das reuniões), para interrogar insistentemente a ela e aos amigos que a acompanhavam, especialmente a sua irmã mais velha, a fim de obter, sendo possível, a verdade. Durante várias visitas que desde então fez a New Bedford e Fairhaven, estando em nossas reuniões, eu a vi em visão diversas vezes, bem como em Topsham, Maine; e todos quantos presenciaram algumas dessas cenas agitadas, bem sabem com que interesse e avidez eu escutava cada palavra e observava todo movimento para surpreender a armadilha ou influência mesmérica. E dou graças a Deus pela oportunidade que tive, juntamente com outros, de testemunhar essas coisas. Posso agora confiantemente falar por mim mesmo. Creio que a obra é de Deus, e é dada para consolar e fortalecer Seu 'povo espalhado, aflito e pilhado', desde o encerramento de nossa obra. ... em outubro de 1844." Oração fervorosa e eficaz VE 89 1 Durante a reunião celebrada em Topsham, foi-me revelado que eu iria ser muito angustiada, e seríamos provados em nossa fé, depois de nossa volta a Gorham, onde então moravam meus pais. VE 89 2 Quando voltamos, caí muito doente, e sofri extremamente. Meus pais, marido e irmãs uniram-se em oração por mim, mas continuei a sofrer por três semanas. Freqüentemente desfalecia como morta, mas em resposta à oração me reanimava. Minha angústia era tão grande que eu rogava àqueles que me rodeavam que não orassem por mim, pois pensava que suas orações me estivessem prolongando os sofrimentos. Nossos vizinhos, já sem esperanças, abandonaram-me. Durante algum tempo, aprouve ao Senhor nos provar a fé. VE 89 3 O irmão e a irmã Nichols, de Dorchester, Massachusetts, ouviram falar de minha aflição, e seu filho Henrique veio de Gorham, trazendo coisas para o meu conforto. Durante sua visita, meus amigos de novo se uniram em oração pelo meu restabelecimento. Depois que outros haviam orado, o irmão Henrique Nichols pôs-se a orar com muito fervor; e, com o poder de Deus, repousando sobre ele, levantou-se, atravessou o quarto, pôs as mãos sobre minha cabeça, dizendo: "Irmã Ellen, Jesus Cristo lhe dá saúde", e caiu para trás prostrado pelo poder de Deus. Acreditei que aquilo era de Deus, e a dor deixou-me. Minha alma encheu-se de gratidão e paz. A linguagem de meu coração era: "Não há auxílio para nós senão em Deus. Podemos estar em paz unicamente quando descansamos nEle e esperamos Sua salvação." Trabalhos em Massachusetts VE 90 1 Poucas semanas depois disso, em viagem para Boston, tomamos o navio em Portland. Sobreveio violenta tempestade, e achamo-nos em grande perigo. Mas pela misericórdia de Deus, todos desembarcamos sãos e salvos. VE 90 2 Acerca de nosso trabalho em Massachusetts durante fevereiro e a primeira semana de março, escreveu meu marido de Gorham, Maine, a 14 de março de 1847, logo depois de nossa volta para casa: VE 90 3 "Conquanto estivéssemos aqui longe de nossos amigos durante quase sete semanas, Deus tem sido misericordioso conosco. Tem sido a nossa fortaleza no mar e em terra. Ellen tem desfrutado, durante as seis últimas semanas, o melhor e mais prolongado período de saúde que tem tido nesses últimos seis anos. Nós dois estamos com boa saúde. ... VE 90 4 "Desde que partimos de Topsham temos tido algumas ocasiões de provas. Temos também tido muitos momentos magníficos, celestiais, e refrigerantes. Em suma, foi uma das melhores visitas já feitas a Massachusetts. Nossos irmãos em New Bedford e Fairhaven foram poderosamente fortalecidos e confirmados na verdade e poder de Deus. Os irmãos de outros lugares também foram abençoados." ------------------------Capítulo 12 -- O santuário celestial VE 91 1 Em uma reunião realizada no sábado, 3 de abril de 1847, em casa do irmão Stockbridge Howland, sentimos um extraordinário espírito de oração. Enquanto orávamos, o Espírito Santo desceu sobre nós. Sentíamo-nos muito felizes. Logo fiquei inconsciente quanto às coisas terrestres e fui envolta em visão da glória de Deus. VE 91 2 Vi um anjo voando rapidamente em direção a mim. Em pouquíssimo tempo, me levou da Terra à santa cidade. Ali vi um templo, em que entrei. Passei por uma porta antes de chegar ao primeiro véu. Levantou-se esse e passei para o lugar santo. Ali vi o altar de incenso, o castiçal com sete lâmpadas, a mesa sobre que estavam os pães da proposição. Depois de ver a glória do lugar santo, Jesus levantou o segundo véu, e passei para o santo dos santos. VE 91 3 No lugar santíssimo vi uma arca, cujo cimo e lados eram de ouro puríssimo. Em cada uma de suas extremidades estava um lindo querubim, com as asas estendidas sobre ela. Tinham o rosto voltado um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos havia um incensário de ouro. Por cima da arca, onde os anjos estavam, havia uma glória extraordinariamente fulgurante, com a aparência de um trono em que Deus habitava. Jesus ficou ao lado da arca e, ao ascenderem para Ele as orações dos santos, o incenso ardia e, com o incenso, Ele oferecia as orações a Seu Pai. VE 91 4 Na arca estava o vaso de ouro que continha o maná, a vara florida de Arão, e as tábuas de pedra que se dobravam como um livro. Jesus as abriu e vi os Dez Mandamentos, nelas escritos com o dedo de Deus. Em uma tábua havia quatro, e na outra seis. Os quatro na primeira tábua brilhavam mais do que os outros seis. Mas o quarto, o mandamento do sábado, resplandecia mais do que todos, pois o sábado foi separado para ser guardado em honra ao santo nome de Deus. O santo sábado resplandecia, circundado de uma auréola de glória. Vi que o mandamento do sábado não fora pregado na cruz. Se assim fosse, os outros nove mandamentos teriam sido também, e teríamos a liberdade de violá-los todos, assim como violamos o quarto. Vi que Deus não havia mudado o sábado, pois Ele nunca muda. Mas o papa o mudara, do sétimo para o primeiro dia da semana; pois intentara mudar os tempos e a lei. VE 93 1 Vi que, se Deus houvesse mudado o sábado, do sétimo para o primeiro dia, teria mudado a inscrição do mandamento do sábado, gravada nas tábuas de pedra, que agora estão na arca, no lugar santíssimo do templo celestial; e assim estaria redigido: O primeiro dia é o sábado do Senhor teu Deus. Vi, porém, que os seus dizeres eram os mesmos que quando, pelo dedo de Deus, foram escritos nas tábuas de pedra entregues a Moisés, no Sinai: "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus." Êxodo 20:10. Vi que o santo sábado é e será o muro de separação entre o verdadeiro Israel de Deus e os incrédulos; e é a instituição mais apropriada para unir os corações dos queridos e expectantes santos de Deus. VE 93 2 Vi que Deus tem filhos que não vêem nem guardam o sábado. Não rejeitaram a luz a ele concernente. E, no começo do tempo de angústia, ficamos cheios do Espírito Santo quando saímos e de maneira mais ampla proclamamos o sábado. Isso enraiveceu as igrejas e os adventistas nominais, pois não podiam refutar a verdade do sábado. E nessa ocasião todos os escolhidos de Deus viram claramente que tínhamos a verdade, e vieram e suportaram a perseguição conosco. Vi a espada, a fome, a pestilência e grande confusão na Terra. Os ímpios pensaram que havíamos trazido juízo sobre eles, e deliberaram livrar a Terra de nós, julgando que então os males cessariam. VE 95 1 No tempo de angústia todos nós fugimos das cidades e aldeias, mas fomos perseguidos pelos ímpios que com espadas entravam nas casas dos santos. Ao levantarem a espada para matar-nos, ela se quebrava e caía tão impotente como uma palha. Então todos clamamos dia e noite por livramento, e o clamor chegou até Deus. VE 95 2 O Sol apareceu e a Lua se deteve. Os rios deixaram de correr. Nuvens negras e densas apareceram e chocaram-se entre si. Havia, porém, um lugar claro, de uma glória fixa, donde veio a voz de Deus semelhante a muitas águas, a qual abalou os céus e a Terra. O céu abria e fechava-se, em profunda comoção. As montanhas eram sacudidas como caniço ao vento, e lançavam ao redor pedras irregulares. O mar fervia como uma panela, e lançava pedras sobre a terra. VE 95 3 E ao anunciar Deus o dia e a hora da vinda de Jesus, e proclamar o concerto eterno com Seu povo, proferia uma sentença e então silenciava enquanto as palavras rolavam sobre a Terra. O Israel de Deus permanecia com os olhos fixos em cima, ouvindo as palavras que saíam da boca de Jeová e rolavam pela Terra como estrondos dos maiores trovões. Era terrivelmente solene. E no final de cada sentença os santos exclamavam: "Glória! Aleluia!" Tinham o rosto iluminado com a glória de Deus, e resplandecente como o de Moisés, quando desceu do Sinai. Os ímpios não podiam fitá-Lo por causa da glória. E quando a bênção eterna foi pronunciada sobre os que haviam honrado a Deus, santificando o Seu sábado, houve uma enorme aclamação de vitória sobre a besta e sua imagem. VE 96 1 Começou então o jubileu, em que a Terra deveria repousar. Vi o escravo piedoso levantar-se em triunfal vitória, e desvencilhar-se das cadeias que o ligavam, enquanto seu ímpio senhor ficava confundido, sem saber que fazer; pois os ímpios não podiam compreender as palavras da voz de Deus. VE 96 2 Logo apareceu a grande nuvem branca. Pareceu-me mais linda que nunca. Sobre ela estava sentado o Filho de Deus. A princípio não vimos a Jesus na nuvem; mas, aproximando-se ela da Terra, pudemos contemplar Seu belíssimo semblante. Essa nuvem, quando a princípio apareceu, era o sinal do Filho do homem no céu. VE 96 3 A voz do Filho de Deus chamou à vida os santos mortos, que surgiram revestidos de gloriosa imortalidade. Os santos que estavam vivos foram transformados num momento, e com eles foram arrebatados para a carruagem da nuvem. Por todos os lados ela apresentava aspecto resplandecente ao ascender. De cada lado da carruagem havia asas e, debaixo, rodas. Ao subir a carruagem, as rodas clamavam: "Santo"; as asas, movendo-se, clamavam: "Santo"; e o séquito de santos anjos em redor da nuvem, clamava: "Santo, santo, santo, Senhor Deus Todo-poderoso!" E os santos na nuvem clamavam: "Glória! Aleluia!" E a carruagem subiu à santa cidade. Jesus abriu as portas da cidade de ouro, e nos fez entrar. Ali fomos bem-vindos, pois havíamos guardado "os mandamentos de Deus" (Apocalipse 14:12), e tínhamos "direito à árvore da vida". Apocalipse 22:14. ------------------------Capítulo 13 -- O amor de Deus para com seu povo VE 97 1 Vi o terno amor que Deus tem ao Seu povo, e é muito grande. Vi anjos com as asas estendidas sobre os santos. Cada santo tinha um anjo de guarda. Se os santos choravam de desânimo ou estavam em perigo, os anjos que sempre os assistiam, voavam rapidamente para cima a fim de levar as novas; e os anjos na cidade cessavam de cantar. Então Jesus comissionava outro anjo para descer a fim de animá-los, vigiar sobre eles e procurar impedi-los de abandonar o caminho estreito, mas se não davam atenção ao cuidado vigilante dos anjos e não queriam ser por eles consolados, antes continuavam a se desgarrar, os anjos pareciam ficar tristes e choravam. Levavam as notícias acima, e todos os anjos na cidade choravam, e então com grande voz diziam: "Amém." Se, porém, os santos fixavam os olhares no prêmio que diante deles estava e glorificavam a Deus, louvando-O, então os anjos levavam as alegres novas à cidade e os outros que ali estavam tocavam suas harpas de ouro e cantavam em alta voz: "Aleluia", e as abóbadas celestiais ressoavam com seus belos cânticos. VE 97 2 Há perfeita ordem e harmonia na cidade santa. Todos os anjos comissionados para visitar a Terra levam um cartão de ouro e, ao entrarem e saírem, apresentam-no aos anjos que ficam às portas da cidade. O Céu é um lugar agradável. Anseio estar ali, e contemplar meu amorável Jesus, que por mim deu Sua vida, e achar-me transformada à Sua imagem gloriosa. Oh, quem me dera possuir linguagem para exprimir as glórias do resplandecente mundo vindouro! Estou sedenta das águas vivas que alegram a cidade de nosso Deus. VE 97 3 O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou da cidade a um lugar fulgurante e glorioso. A relva era de um verde vivo, e os pássaros gorjeavam ali cânticos suaves. Os habitantes do lugar eram de todas as estaturas; nobres, majestosos e formosos. Ostentavam a expressa imagem de Jesus, e seu semblante irradiava santa alegria, que era uma expressão da liberdade e felicidade do lugar. Perguntei a um deles por que eram muito mais formosos que os da Terra. A resposta foi: VE 98 1 - Vivemos em estrita obediência aos mandamentos de Deus, e não caímos em desobediência, como os habitantes da Terra. VE 98 2 Vi então duas árvores. Uma se assemelhava muito à árvore da vida, existente na cidade. O fruto de ambas tinha belo aspecto, mas o de uma delas não era permitido comer. Tinham a faculdade de comer de ambas, mas era-lhes vedado comer de uma. Então meu anjo assistente me disse: VE 98 3 - Ninguém aqui provou da árvore proibida; se, porém, comessem, cairiam. VE 98 4 Então fui levada a um mundo que tinha sete luas. Vi ali o bom e velho Enoque que tinha sido trasladado. Em sua destra havia uma palma resplendente, e em cada folha estava escrito: "Vitória." Pendia-lhe da cabeça uma grinalda branca, deslumbrante, com folhas, e no meio de cada folha estava escrito: "Pureza", e em redor da grinalda havia pedras de várias cores que resplandeciam mais do que as estrelas, e lançavam um reflexo sobre as letras, aumentando-lhes o volume. Na parte posterior da cabeça havia um arco em que rematava a grinalda, e nele estava escrito: "Santidade." Sobre a grinalda havia uma linda coroa que brilhava mais do que o Sol. Perguntei-lhe se este era o lugar para onde fora transportado da Terra. Ele disse: VE 99 1 - Não é; minha morada é na cidade, e eu vim visitar este lugar. VE 99 2 Ele percorria o lugar como se realmente estivesse em sua casa. Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: VE 99 3 - Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os 144.000 terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus. ------------------------Capítulo 14 -- O selamento VE 100 1 Ao principiar o santo sábado, 5 de janeiro de 1849, entregamo-nos à oração com a família do irmão Belden, em Rocky Hill, Connecticut, e o Espírito Santo desceu sobre nós. Fui levada em visão para o lugar santíssimo, onde vi Jesus ainda intercedendo por Israel. Na extremidade inferior de Suas vestes havia uma campainha e uma romã, uma campainha e uma romã. Vi então que Jesus não abandonaria o lugar santíssimo sem que cada caso fosse decidido, ou para a salvação ou para a destruição; e que a ira de Deus não poderia manifestar-se sem que Jesus concluísse Sua obra no lugar santíssimo, depusesse Suas roupas sacerdotais, e Se vestisse com vestes de vingança. VE 100 2 Então Jesus sairá de entre o Pai e os homens, e Deus não mais silenciará, mas derramará Sua ira sobre aqueles que rejeitaram Sua verdade. Vi que a ira das nações, a ira de Deus, e o tempo de julgar os mortos eram acontecimentos separados e distintos, seguindo-se um ao outro; também, que Miguel não Se havia levantado, e que o tempo de angústia, tal como nunca houve, ainda não havia começado. As nações estão se irando agora, mas, quando nosso Sumo Sacerdote concluir Sua obra no santuário, Ele Se levantará, porá as vestes de vingança, e então as sete últimas pragas serão derramadas. VE 100 3 Vi que os quatro anjos segurariam os quatro ventos até que a obra de Jesus estivesse terminada no santuário, e então viriam as sete últimas pragas. Essas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos de Deus sobre eles, e que, se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matar os santos, o que fez com que esses clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Gênesis 32. Então todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram. Sua face se iluminou com a glória de Deus. VE 101 1 Foi-me mostrada então uma multidão que ululava em agonia. Em suas vestes estava escrito em grandes letras: "Pesado foste na balança, e foste achado em falta." Daniel 5:27. Perguntei quem era aquela multidão. O anjo disse: "Estes são os que já guardaram o sábado e o abandonaram." Ouvi-os clamar com grande voz: "Acreditamos em Tua vinda e a ensinamos com ardor." E enquanto falavam, seus olhares caíam sobre suas vestes, viam a escrita e então choravam em alta voz. Vi que eles haviam bebido de águas profundas, e enlameado o resto com os pés -- pisando o sábado a pés; e por isso foram pesados na balança e achados em falta. VE 101 2 Então meu anjo assistente me reconduziu à cidade, onde vi quatro anjos voando em direção à porta. Estavam precisamente a apresentar o cartão de ouro ao anjo que estava à porta, quando vi outro anjo voar rapidamente, vindo da direção em que se encontrava a mais excelsa glória, e clamar com grande voz aos outros anjos, agitando para cima e para baixo alguma coisa que tinha na mão. Pedi ao meu anjo assistente explicação do que via. Disse-me que nada mais poderia ver então, mas em breve ele me mostraria o que significavam as coisas que então vi. VE 101 3 Sábado à tarde, um dentre o nosso grupo ficou doente, e pediu orações para ser curado. Unimo-nos em rogos ao Médico que jamais perdeu um caso e, enquanto o poder curador descia, e o enfermo sarava, o Espírito desceu sobre mim, e fui arrebatada em visão. VE 102 1 Vi quatro anjos que tinham uma obra a fazer na Terra, e estavam em vias de cumpri-la. Jesus estava vestido com trajes sacerdotais. Ele olhou compassivamente para os remanescentes, levantou então as mãos, e com voz de profunda compaixão, exclamou: "Meu sangue, Pai, Meu sangue! Meu sangue! Meu sangue!" Vi então que, de Deus, que estava sentado sobre o grande trono branco, saía uma luz extraordinariamente brilhante e derramava-se em redor de Jesus. Vi a seguir um anjo com uma missão da parte de Jesus, voando rapidamente aos quatro anjos que tinham a obra a fazer na Terra, agitando para cima e para baixo alguma coisa que tinha na mão, e clamando com grande voz: "Segurai! Segurai! Segurai! Segurai! até que os servos de Deus sejam selados na fronte!" VE 102 2 Perguntei ao meu anjo assistente o sentido do que eu ouvia, e que iriam fazer os quatro anjos. Ele me disse que era Deus quem restringia os poderes, e incumbira os Seus anjos de tudo quanto se relacionava com a Terra; que os quatro anjos tinham poder da parte de Deus para reter os quatro ventos, e estavam já prestes a soltá-los. Mas enquanto se lhes afrouxavam as mãos e os quatro ventos estavam para soprar, os olhos misericordiosos de Jesus contemplaram os remanescentes que não estavam selados e, erguendo as mãos ao Pai, alegou que havia derramado Seu sangue por eles. Então outro anjo recebeu ordem para voar velozmente aos outros quatro e mandar-lhes reter os ventos até que os servos de Deus fossem selados na fronte com o selo do Deus vivo. ------------------------Capítulo 15 -- A prova de nossa fé VE 103 1 Nesta época de provação precisamos animar-nos e confortar-nos mutuamente. As tentações de Satanás são maiores agora do que nunca, pois ele sabe que o seu tempo é curto, e que muito breve todos os casos estarão decididos, ou para a vida ou para a morte. Não é tempo de nos deixarmos vencer pelo desânimo nem de sucumbir sob as provações; devemos sobrepor-nos a todas as nossas aflições, e confiar inteiramente no todo poderoso Deus de Jacó. O Senhor me mostrou que Sua graça é suficiente em todas as nossas provações; e conquanto sejam maiores do que anteriormente, podemos todavia vencer toda tentação; se retivermos absoluta confiança em Deus, pela Sua graça sairemos vitoriosos. VE 103 2 Se vencemos as provações e ganhamos a vitória sobre as tentações de Satanás, suportamos então a prova de nossa fé que é mais preciosa do que o ouro, e nos achamos mais fortes e mais bem preparados para enfrentar a provação seguinte. Mas se desanimamos e cedemos às tentações de Satanás, ficaremos mais fracos, não alcançaremos recompensa pela prova, nem estaremos tão bem preparados para a próxima. Dessa maneira tornar-nos-emos cada vez mais fracos, até que sejamos levados em cativeiro por Satanás, à sua vontade. VE 103 3 Devemos estar revestidos de toda a armadura de Deus, e prontos cada momento para suster conflito com os poderes das trevas. Quando nos assaltarem tentações e provações, vamos a Deus, e com verdadeira agonia de alma oremos. Ele não nos despedirá vazios, mas nos dará graça e força para vencer e quebrar o poder do inimigo. Oh! oxalá todos pudessem ver essas coisas na sua verdadeira luz, e suportar as dificuldades como bons soldados de Cristo! Então Israel avançaria, forte em Deus, na força de Seu poder. VE 103 4 Deus me mostrou haver dado ao Seu povo uma taça amarga a beber, a fim de os purificar e limpar. E um amargo gole, e eles o podem tornar ainda mais amargo murmurando, queixando-se e amofinando-se. Aqueles, porém, que o recebem assim, precisam de outro trago pois o primeiro não produz sobre o coração o efeito que lhe era destinado. E se o segundo não efetua o trabalho precisarão então de outro, e outro, até que haja produzido o devido efeito, ou serão eles deixados sujos e impuros de coração. Vi que essa amarga taça pode ser adoçada pela paciência, perseverança e oração, e que terá o visado efeito sobre o coração daqueles que assim a recebem, e Deus será honrado e glorificado. VE 104 1 Não é coisa insignificante ser cristão, de propriedade divina e por Deus aprovado. O Senhor me mostrou alguns que professam a verdade presente, cuja vida não corresponde à sua profissão. Têm norma de piedade muito baixa, e estão longe da santidade recomendada na Bíblia. Alguns se entretêm em conversação vã e indecorosa, e outros dão lugar a imposições do eu. Não devemos esperar agradar a nós mesmos, viver e agir como o mundo, ter seus prazeres, apreciar a companhia dos que são do mundo, e reinar com Cristo em glória. VE 104 2 Devemos ser participantes dos sofrimentos de Cristo aqui, se queremos participar de Sua glória no além. Se procuramos nosso próprio interesse, ou como podemos melhor agradar a nós mesmos, em vez de buscar agradar a Deus e fazer avançar Sua preciosa e sofredora causa, desonramo-Lo e a essa santa causa que professamos amar. Não temos senão um pequeno espaço de tempo no qual trabalhar por Deus. Nada deveria ser demasiado caro para ser sacrificado pela salvação do desgarrado e quebrantado rebanho de Jesus. Aqueles que fazem hoje um concerto com Deus em sacrifício, logo serão recebidos a fim de participar de uma rica recompensa, e possuir o novo reino para todo o sempre. VE 105 1 Oh! Vivamos inteiramente para o Senhor, e, por vida bem ordenada e por conversa piedosa, mostremos que estivemos com Jesus, e somos Seus seguidores mansos e humildes. Devemos trabalhar enquanto é dia, pois quando vier a escura noite da perturbação e angústia, será demasiado tarde para trabalhar para Deus. Jesus está em Seu santo templo, e agora aceita nossos sacrifícios, orações e confissões de faltas e pecados, e perdoará todas as transgressões de Israel, para que sejam apagadas antes que Ele saia do santuário. Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos serão injustos e sujos ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios, confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto, o que se há de fazer para livrar as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes que Jesus saia do lugar santíssimo do santuário celestial. ------------------------Capítulo 16 -- Ao pequeno rebanho VE 106 1 Caros irmãos: Em 26 de janeiro de 1850, o Senhor me deu uma visão que vou relatar. Vi que alguns dentre o povo de Deus são obtusos e sonolentos, meio despertos; sem compreenderem o tempo em que vivemos; e outros estão em perigo de serem varridos. Pedi a Jesus que os salvasse, que os poupasse um pouco mais e lhes deixasse ver seu temível perigo, para que pudessem aprontar-se antes que fosse para sempre tarde demais. Disse o anjo: "A destruição vem chegando como um redemoinho." Pedi ao anjo que se compadecesse daqueles que amavam este mundo, que estavam presos às suas posses, e não se dispunham a desembaraçar-se delas e sacrificar-se a fim de acelerar os mensageiros para que alimentem as ovelhas famintas que estão perecendo por falta de alimento espiritual, e as salvasse. VE 106 2 Quando vi pobres almas perecendo por falta da verdade presente, e alguns que apesar de professar nela crer, deixavam-nas morrer porque retinham os meios necessários para levar avante a obra de Deus, foi-me dolorosíssimo este quadro, e pedi ao anjo que o afastasse de mim. Vi que quando a causa de Deus exigia de alguns parte de seus haveres, como o mancebo que fora ter com Jesus (Mateus 19:16-22), ficaram tristes; e que logo o flagelo iminente passaria e lhes arrebataria todas as possessões, e então seria demasiado tarde para sacrificar bens terrestres e acumular tesouros no Céu. VE 106 3 Vi então o glorioso Redentor, formoso e adorável; vi que havia deixado o reino da glória e viera a este tenebroso e solitário mundo para dar Sua vida preciosa e morrer, na qualidade de justo em prol dos injustos. Suportou cruéis escárnios e açoites, levou sobre Si a coroa de espinhos, e no jardim verteu grandes gotas de sangue enquanto o fardo dos pecados do mundo todo estava sobre Ele. O anjo perguntou: "Por que isso?" Oh! eu vi e compreendi que foi por nós; por nossos pecados Ele sofreu tudo isso, para que por Seu precioso sangue pudesse remir-nos para Deus. VE 107 1 Foram-me então de novo apresentados aqueles que não se dispunham a sacrificar bens deste mundo a fim de salvar as almas que pereciam, enviando a eles a verdade enquanto Jesus permanece diante do Pai alegando por eles Seu sangue, sofrimentos e morte, e enquanto os mensageiros de Deus estão esperando, prontos para levar-lhes a verdade salvadora a fim de que possam ser seladas com o selo do Deus vivo. Para alguns que professam crer na verdade presente, é coisa difícil fazer tão pouco como seja passar às mãos dos mensageiros o dinheiro que realmente pertence a Deus e que Ele lhes entregou para o administrarem. VE 107 2 Novamente me foi apresentado o sofredor e paciente Jesus, cujo amor tão profundo O levou a dar a vida pelo homem. Também vi o procedimento daqueles que professavam ser Seus seguidores. Eles tinham bens deste mundo mas consideravam coisa demasiado grande ajudar a causa da salvação. O anjo perguntou: "Podem estes entrar no Céu?" Outro anjo respondeu: "Não; nunca, nunca, nunca! Os que não se interessam pela causa de Deus na Terra jamais poderão cantar no Céu o cântico do amor redentor." Vi que a rápida obra que Deus estava fazendo na Terra logo seria abreviada em justiça, e que os mensageiros devem rapidamente ir em busca do rebanho disperso. VE 107 3 Começou a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa, serão joeirados. O anjo disse: "Achas que alguém será forçado a fazer sacrifícios? Não, absolutamente. Deverá ser uma oferta voluntária. Será preciso tudo para comprar o campo." Clamei a Deus para poupar a Seu povo, dentre o qual alguns estavam desfalecentes e moribundos. Vi então que os juízos do Todo poderoso estavam para vir rapidamente, e roguei ao anjo que falasse ao povo em sua linguagem. Disse ele: "Todos os trovões e relâmpagos do monte Sinai não moveriam aqueles que não hajam de mover-se pelas claras verdades da Palavra de Deus; tampouco os despertaria a mensagem de um anjo." VE 108 1 Contemplei então a beleza e a formosura de Jesus. Suas vestes eram mais brancas do que o mais puro branco. Nenhuma linguagem pode descrever-Lhe a glória e exaltada formosura. Todos, quantos guardarem os mandamentos de Deus, entrarão na cidade pelas portas, e terão direito à árvore da vida, e sempre estarão na presença de Jesus, cujo semblante resplandece mais do que o Sol ao meio-dia. VE 108 2 Foi-me chamada a atenção para Adão e Eva no Éden. Participaram da árvore proibida e foram expulsos do jardim; e então foi colocada a espada inflamada em redor da árvore da vida, para que não participassem de seu fruto e fossem pecadores imortais. A árvore da vida destinava-se a perpetuar a imortalidade. Ouvi um anjo perguntar: "Quem, da família de Adão, passou pela espada inflamada, e participou da árvore da vida?" Ouvi outro anjo responder: "Ninguém da família de Adão passou pela espada inflamada e participou daquela árvore; não há, portanto, nenhum pecador imortal. A alma que pecar, morrerá morte eterna, morte esta que durará sempre, de que não haverá esperança de ressurreição; e então a ira de Deus se aplacará. VE 108 3 "Os santos descansarão na santa cidade, e reinarão como reis e sacerdotes durante mil anos; então Jesus descerá com os santos sobre o Monte das Oliveiras, que se partirá ao meio, e se transformará numa grande planície, para nela se estabelecer o Paraíso divino. O resto da Terra não será purificado antes do final dos mil anos, ocasião em que os ímpios mortos ressuscitarão e se reunirão em torno da cidade. Os pés dos ímpios nunca profanarão a Terra renovada. De Deus descerá fogo do céu e os devorará; queimá-los-á, sem lhes deixar raiz nem ramo. Satanás é a raiz, e seus filhos são os ramos. O mesmo fogo que devorar os ímpios purificará a Terra." ------------------------Capítulo 17 -- O abalo das potestades do céu VE 111 1 A 16 de dezembro de 1848, o Senhor me deu uma visão acerca do abalo das potestades do céu. Vi que quando o Senhor disse "céu," ao dar os sinais registrados por Mateus, Marcos e Lucas, Ele queria dizer, céu, e quando disse "Terra", queria significar Terra. As potestades do céu são o Sol, a Lua e as estrelas. Seu governo é no firmamento. As potestades da Terra são as que governam sobre a Terra. As potestades do céu serão abaladas com a voz de Deus. Então o Sol, a Lua e as estrelas se moverão em seus lugares. Não passarão, mas serão abalados pela voz de Deus. VE 111 2 Nuvens negras e densas subiam e chocavam-se entre si. A atmosfera abriu-se e recuou; pudemos então olhar através do espaço aberto em Órion, donde vinha a voz de Deus. A santa cidade descerá por aquele espaço aberto. Vi que as potestades da Terra estão sendo abaladas agora, e os acontecimentos ocorrem em ordem. Guerras e rumores de guerra, espada, fome e pestilência devem primeiramente abalar as potestades da Terra, e então a voz de Deus abalará o Sol, a Lua e as estrelas, e também a Terra. Vi que a agitação das potências na Europa não é, como alguns ensinam, o abalo das potestades do céu, mas sim o abalo das nações iradas. ------------------------Capítulo 18 -- Preparação para o fim VE 112 1 A 14 de maio de 1851, vi a beleza e formosura de Jesus. Contemplando Sua glória, não me ocorreu o pensamento de que eu devesse separar-me de Sua presença. Vi uma luz provinda da glória que rodeava o Pai, e ao aproximar-se ela de mim, meu corpo tremeu e agitou-se como uma folha. Pensei que, se ela se aproximasse de mim, eu deixaria de existir; mas a luz passou por mim. Então pude ter alguma percepção do grande e terrível Deus com quem temos de tratar. Podia ver agora que vaga compreensão alguns têm da santidade de Deus, e quanto tomam em vão o Seu santo e reverendo nome, sem se compenetrarem de que é de Deus, o grande e terrível Deus, que estão falando. Ao orarem, muitos usam expressões descuidosas e irreverentes, que ofendem o terno Espírito do Senhor, e fazem com que suas petições não cheguem ao Céu. VE 112 2 Vi também que muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem à vista do Senhor sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que hão de receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente a imagem de Jesus. VE 112 3 Vi que muitos negligenciavam a preparação tão necessária, esperando que o tempo do "refrigério" e da "chuva serôdia" os habilitasse para estar em pé no dia do Senhor, e viver à Sua vista. Oh, quantos vi eu no tempo de angústia sem abrigo! Haviam negligenciado a necessária preparação, e portanto não podiam receber o refrigério que todos precisam ter para os habilitar a viver à vista de um Deus santo. VE 112 4 Os que recusam ser talhados pelos profetas, e deixam de purificar a alma na obediência da verdade toda, e se dispõem a crer que seu estado é muito melhor do que realmente é, chegarão ao tempo em que as pragas cairão, e hão de ver então que necessitam ser talhados e lavrados para o edifício. Não haverá, porém, tempo para o fazer, e nem Mediador para pleitear sua causa perante o Pai. Antes desse tempo sairá a declaração terrivelmente solene de que: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apocalipse 22:11. VE 113 1 Vi que ninguém poderia participar do "refrigério" a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação. Deveríamos, portanto, estar-nos aproximando mais e mais do Senhor, e achar-nos fervorosamente à procura daquela preparação necessária para nos habilitar a estar em pé na batalha do dia do Senhor. Lembrem todos que Deus é santo, e unicamente entes santos poderão morar em Sua presença. ------------------------Capítulo 19 -- Lutas com a pobreza VE 114 1 Em Gorham, Maine, em 26 de agosto de 1847, nasceu nosso filho mais velho, Henrique Nichols White. Em outubro, o irmão e irmã Howland de Topsham, amavelmente nos ofereceram uma parte de sua casa, que alegremente aceitamos e demos início às ocupações domésticas com mobília emprestada. Éramos pobres, e passamos por tempos apertados. Tínhamos resolvido não depender de outrem, mas sustentar-nos a nós mesmos, e ter algo com que auxiliar outros. Mas não prosperávamos. Meu marido trabalhava muito arduamente transportando pedra na estrada de ferro, mas não ganhava o que lhe era devido por seu esforço. O irmão e irmã Howland liberalmente dividiam conosco sempre que podiam; mas eles também se encontravam em circunstâncias prementes. Criam amplamente na primeira e segunda mensagens, e haviam generosamente concedido de seus recursos para fazer avançar a obra, até que ficaram a depender de seu trabalho cotidiano. VE 114 2 Meu marido deixou de transportar pedra, e com seu machado foi à mata para rachar lenha. Com uma dor contínua no lado, trabalhava desde a madrugada até ao escurecer para ganhar uns cinqüenta centavos de dólar por dia. Nós nos esforçávamos por conservar bom ânimo, e confiar no Senhor. Eu não murmurava. Pela manhã sentia-me grata a Deus por nos haver guardado mais uma noite, e à noite sentia-me agradecida por ter-nos guardado mais um dia. VE 114 3 Um dia em que se haviam acabado as nossas provisões, meu marido foi ao seu patrão para obter dinheiro ou provisões. Era um dia tempestuoso, e ele andou quatro e meio quilômetros sob a chuva, na ida e na volta. Trouxe para casa às costas um saco de provisões amarrado em várias porções, havendo desta maneira atravessado a aldeia de Brunswick, onde muitas vezes ele realizara conferências. Ao entrar ele em casa, muito cansado, meu coração desfaleceu dentro de mim. Minha primeira impressão foi que Deus nos havia abandonado. Disse ao meu marido: "Chegamos a este ponto? Deixou-nos o Senhor?" Não pude conter as lágrimas, e chorei amargamente durante horas, até que desmaiei. Fez-se oração em meu favor. Logo senti a influência animadora do Espírito de Deus, e lamentei que tivesse sucumbido ao desânimo. Desejamos seguir a Cristo e ser semelhantes a Ele; mas algumas vezes desfalecemos sob provações, e ficamos distantes dEle. Os sofrimentos e as provações aproximam-nos de Jesus. A fornalha consome a escória e dá brilho ao ouro. VE 115 1 Foi-me mostrado nessa ocasião que o Senhor estivera a provar-nos para o nosso bem, e para preparar-nos a fim de trabalhar pelos outros; que Ele nos estivera agitando o ninho para que não acontecesse ficarmos ali muito bem acomodados. Nossa obra consistia em trabalhar pelas almas; se prosperássemos materialmente, o lar se tornaria tão agradável que não teríamos desejo de o deixar. Deus permitiu que nos sobreviessem provações a fim de que estas nos preparassem para as lutas ainda maiores que encontraríamos em nossas viagens. Logo recebemos cartas dos irmãos de vários Estados, convidando-nos para visitá-los; não tínhamos, porém, meios para sair de nosso Estado. Nossa resposta foi que o caminho não estava aberto diante de nós. Eu achava que me seria impossível viajar com nosso filhinho. Não desejávamos depender de outrem, e tínhamos o cuidado de viver dentro de nossos recursos. Estávamos resolvidos a sofrer, de preferência a contrair dívidas. VE 115 2 O pequenino Henrique logo caiu muito doente, e piorou tão depressa que ficamos bastante apreensivos. Estava em estado de torpor, com a respiração rápida e pesada. Demos-lhe remédios, mas sem resultados. Chamamos uma pessoa com prática de doença, a qual disse que seu restabelecimento era duvidoso. Tínhamos orado por ele, mas não houve mudança. Havíamos feito da criança uma desculpa para não viajar e trabalhar pelo bem de outrem, e receávamos que o Senhor estivesse para no-lo tirar. De novo fomos perante o Senhor, orando para que tivesse compaixão de nós e poupasse a vida da criança, e comprometendo-nos solenemente a sair confiando em Deus, para onde quer que Ele nos mandasse. VE 116 1 Nossas orações eram fervorosas e aflitas. Reclamávamos pela fé as promessas de Deus, e cremos que Ele ouviu os nossos clamores. A luz do Céu rompeu as nuvens e resplandeceu sobre nós. Nossas orações foram misericordiosamente ouvidas. Desde aquela hora a criança começou a restabelecer-se. Primeira visita a Connecticut VE 116 2 Estando nós em Topsham, recebemos uma carta do irmão E. L. H. Chamberlain, de Middletown, Connecticut, insistindo conosco para assistirmos a uma conferência naquele Estado, em abril de 1848. Decidimos que iríamos, se pudéssemos conseguir os meios. Meu marido ajustou contas com seu patrão, verificando que tinha dez dólares a receber. Com cinco desses comprei roupa, de que estávamos muito necessitados, e então remendei o casaco de meu marido, remendando mesmo os remendos, a tal ponto que era difícil dizer qual era o pano original das mangas. Tínhamos de resto cinco dólares, com que faríamos a viagem até Dorchester, Massachusetts. VE 116 3 Nossa mala continha quase tudo que possuíamos na Terra; sentíamos, porém, paz de espírito e consciência limpa, e apreciávamos isso mais do que os confortos terrestres. VE 116 4 Em Dorchester, fomos visitar o irmão Otis Nichols e, ao sairmos dali, a irmã Nichols entregou a meu marido cinco dólares, com que custeamos nossa passagem para Middletown, Connecticut. Éramos estranhos em Middletown, pois nunca tínhamos visto qualquer irmão de Connecticut. De nosso dinheiro não restavam senão cinqüenta centavos de dólar. Meu marido não se atreveu a gastá-los numa corrida de carro, de modo que pôs a nossa mala sobre uma pilha alta de tábuas em um terreno próximo em que se guardavam madeiras, e fomos a pé à procura de alguém que tivesse a mesma crença que nós. Logo encontramos o irmão Chamberlain, que nos recebeu em sua casa. Conferência em Rocky Hill VE 117 1 A conferência em Rocky Hill foi realizada num grande quarto inacabado da casa do irmão Alberto Belden. Em carta ao irmão Stockbridge Howland, meu marido lhe dizia acerca da reunião, o seguinte: VE 117 2 "Em vinte de abril, o irmão Belden mandou a Middletown seu carro, puxado por dois cavalos, para nos trazer e aos irmãos esparsos naquela cidade. Chegamos lá aproximadamente às quatro horas da tarde, e poucos minutos depois chegaram os irmãos Bates e Gurney. Tivemos uma reunião, naquela noite, de mais ou menos quinze pessoas. Sexta-feira de manhã chegaram mais irmãos até que atingimos o número de cinqüenta, mas nem todos haviam aceito toda a verdade. Nossa reunião aquele dia foi muito interessante. O irmão Bates apresentou os mandamentos sob uma clara luz, e por meio de valiosos testemunhos foi salientada a sua importância para cada um de nós. Suas palavras tiveram o efeito de confirmar os que já estavam na verdade e despertar os que não se haviam decidido completamente." Ganhando dinheiro para pregar em outras regiões VE 117 3 Dois anos antes me fora mostrado que algum dia visitaríamos a parte ocidental do Estado de Nova Iorque. E agora, pouco depois de findar a conferência em Rocky Hill, fomos convidados para assistir a uma reunião geral em Volney, Nova Iorque, em agosto. O irmão Hiran Edson nos escreveu que os crentes eram pobres, e ele não podia prometer que fariam muito no sentido de custear nossas despesas, mas faria o que pudesse. Não tínhamos meios com que viajar. A saúde de meu marido era precária, mas apresentou-se-lhe a oportunidade para trabalhar no corte de feno, e decidiu aceitar o trabalho. VE 118 1 Pareceu-nos então que deveríamos viver pela fé. Quando nos levantávamos pela manhã, prostrávamo-nos ao lado da cama, e rogávamos a Deus que nos desse forças para trabalhar durante o dia, e não podíamos ficar contentes sem a certeza de que o Senhor ouvira nossas orações. Meu marido saía então para manejar sua foice na força que Deus lhe dava. À noite, quando voltava para casa, novamente rogávamos a Deus forças com que ganhar recursos a fim de disseminar a verdade. Em carta ao irmão Howland, escrita no dia 2 de julho de 1848, ele falava assim desta experiência: VE 118 2 "Hoje o dia está chuvoso, de modo que não vou cortar feno, aliás não escreveria. Corto feno cinco dias para os incrédulos, e aos domingos para os crentes, e descanso no sétimo dia; não tenho, portanto, senão muito pouco tempo para escrever. ... Deus me dá forças para trabalhar arduamente o dia todo. ... Os irmãos Holt, João Belden e eu contratamos cem acres de pasto para cortar (uns quarenta hectares), ao preço de oitenta e sete e meio centavos de dólar o acre (uns quatro mil metros quadrados) a seco. Louvado seja o Senhor! Espero ganhar alguns dólares para empregar na causa de Deus." VE 118 3 Como resultado desse trabalho no campo de feno, meu marido ganhou quarenta dólares. Com uma parte desse dinheiro compramos alguma roupa necessária, e restaram meios suficientes para irmos à parte ocidental de Nova Iorque e voltarmos. VE 118 4 Eu não sentia boa saúde, e era-me impossível viajar e cuidar de nosso filho. Assim, deixamos nosso pequeno Henrique, com doze meses de idade, em Middletown, com a irmã Clarissa Bonfoey. Dura prova foi para mim separar-me de nosso filho; não ousamos permitir, porém, que nossa afeição por ele nos desviasse do caminho do dever. Jesus deu Sua vida para nos salvar. Quão pequeno é todo sacrifício que possamos fazer, quando comparado com o Seu! Conferência em Volney VE 118 5 Nossa primeira reunião geral no oeste de Nova Iorque, iniciada a 18 de agosto, foi celebrada em Volney, no celeiro do irmão Davi Arnold. Mais ou menos trinta e cinco pessoas estavam presentes, pois tantos eram os amigos que se poderiam reunir naquela parte do Estado. Entretanto desse número dificilmente haveria dois que estivessem de acordo entre si. Alguns se apegavam a erros sérios, e cada qual defendia tenazmente suas opiniões, declarando que estavam de acordo com as Escrituras. VE 119 1 Essa estranha divergência de opinião acarretava um peso tremendo sobre mim. Vi que muitos erros estavam sendo apresentados como verdade. Parecia-me que Deus estava sendo desonrado. Grande pesar me oprimia o espírito, e desmaiei sob aquele fardo. Alguns recearam que eu estivesse morrendo. Os irmãos Bates, Chamberlain, Gurney, Edson e meu esposo oraram por mim. O Senhor ouviu a oração de Seus servos, e eu me reanimei. VE 119 2 A luz do Céu repousou então sobre mim e logo perdi a noção das coisas terrestres. Meu anjo assistente me apresentou alguns dos erros dos presentes, e também a verdade em contraste com seus erros. Essas opiniões contraditórias, que eles pretendiam achar-se em harmonia com as Escrituras, estavam apenas de conformidade com a sua opinião no tocante aos ensinos da Bíblia; foi-me mandado dizer-lhes que deveriam abandonar seus erros, e aceitar as verdades da mensagem do terceiro anjo. VE 119 3 Nossa reunião encerrou-se triunfantemente. A verdade ganhou a vitória. Nossos irmãos renunciaram a seus erros e uniram-se à mensagem do terceiro anjo; e Deus grandemente os abençoou e acrescentou muitos ao seu número. Visita ao irmão Snow VE 120 1 De Volney viajamos para Port Gibson, distante noventa quilômetros, para atender a outro compromisso em 27 e 28 de agosto. "Em caminho", escreveu meu esposo em carta dirigida ao irmão Hastings, datada de 26 de agosto, "paramos em casa do irmão Snow, em Hannibal. Há naquele lugar oito ou dez preciosas almas. Os irmãos Bates, Simmons e Edson, com sua esposa, ficaram toda a noite com eles. Pela manhã Ellen foi tomada em visão, e, enquanto assim esteve, todos os irmãos chegaram. Um deles não estava de acordo conosco quanto à verdade do sábado, mas era humilde e bom. Ellen se levantou em visão, tomou a Bíblia grande, elevou-a perante o Senhor, e falou fazendo uso dela, levando-a então àquele humilde irmão, e a pôs em seus braços. Ele a tomou, enquanto lágrimas lhe caíam ao regaço. Então Ellen veio sentar-se ao meu lado. Ela esteve em visão hora e meia, tempo este em que não respirou absolutamente. Foi uma ocasião comovedora. Todos choravam muito de alegria. Deixamos o irmão Bates com eles, e aqui viemos com o irmão Edson." ------------------------Capítulo 20 -- Providências animadoras VE 121 1 De novo fui chamada a sacrificar-me pelo bem das almas. Deveríamos privar-nos da companhia de nosso Henriquezinho, e sair a fim de nos entregarmos sem reservas à obra. Minha saúde estava quebrantada, e, se levasse meu filho, necessariamente ele ocuparia grande parte de meu tempo. Era uma prova severa, contudo não ousei deixar que impedisse o caminho de meu dever. Cria que o Senhor no-lo conservara com vida quando estivera muito doente, e, se eu o deixasse estorvar-me no cumprimento de meu dever, Deus mo haveria de tirar. Sozinha perante o Senhor, com o coração contristado e desfeita em pranto, fiz o sacrifício, e entreguei meu único filho aos cuidados doutra pessoa. VE 121 2 Deixamos Henrique com a família do irmão Howland, em quem depositávamos toda a confiança. Eles estavam dispostos a aceitar esse encargo a fim de ficarmos tão livres quanto possível para trabalhar na causa de Deus. Sabíamos que poderiam dispensar a Henrique melhor cuidado do que nós, se o levássemos conosco em nossas viagens. Sabíamos que ele teria proveito em ficar num lar de boa reputação e com boa disciplina, a fim de que sua índole branda não fosse prejudicada. VE 121 3 Foi-me penosa a separação de meu filho. Dia e noite eu me lembrava do rostinho triste com que ficou na ocasião em que o deixei; contudo na força do Senhor, afastei-o da memória, e procurei fazer o bem aos outros. VE 121 4 Durante cinco anos a família do irmão Howland tomou inteiro cuidado de Henrique. Tratavam dele sem qualquer remuneração, provendo-lhe toda a roupa, exceto o presente que eu lhe levava uma vez ao ano, como Ana fazia para Samuel. Cura de Gilberto Collins VE 121 5 Numa manhã de fevereiro de 1849, durante o culto de família em casa do irmão Howland, foi-me revelado que era meu dever ir a Dartmouth, Massachusetts. Logo depois meu marido foi ao correio, e trouxe uma carta do irmão Filipe Collins, insistindo conosco para irmos a Dartmouth, pois seu filho estava muito doente. Fomos imediatamente, e soubemos que o menino, de treze anos de idade, havia já nove semanas estava doente com coqueluche, e ficara reduzido quase a um esqueleto. Os pais pensavam que estivesse tuberculoso, e estavam grandemente angustiados diante da perspectiva de perderem seu único filho. VE 122 1 Unimo-nos em oração a favor do rapaz, fervorosamente rogando ao Senhor que lhe poupasse a vida. Críamos que ele se restabeleceria, apesar de, segundo todas as aparências, não haver possibilidade para tal. Meu marido ergueu-o nos braços, exclamando enquanto caminhava pelo quarto: "Não morrerás, e sim viverás!" Acreditamos que Deus seria glorificado em seu restabelecimento. VE 122 2 Partimos de Dartmouth, e estivemos ausentes mais ou menos oito dias. Quando voltamos, o pequeno Gilberto veio ao nosso encontro. Havia aumentado quase dois quilos em peso. Encontramos os pais alegrando-se em Deus por essa manifestação do favor divino. Cura da irmã Temple VE 122 3 Tendo recebido um pedido para visitar a irmã Hastings, de New Ipswich, New Hampshire, que estava muito doente, oramos nesse sentido, e obtivemos prova de que o Senhor iria conosco. Em caminho paramos em Dorchester, com a família do irmão Otis Nichols, e eles nos falaram acerca do sofrimento da irmã Temple, de Boston. Tinha, no braço uma ferida que lhe causava muita aflição, pois alastrava-se pela curva do cotovelo. Ela havia sofrido angustiosamente, e em vão recorrera aos meios humanos de cura. O último esforço levara a doença aos pulmões, e ela temia que, a menos que conseguisse remédio imediato, a doença degeneraria em tuberculose. VE 123 1 A irmã Temple deixara recado para irmos orar por ela. Fomos receosos, pois em vão buscamos a certeza de que o Senhor operaria em seu favor. Entramos no quarto da doente, contando meramente com as promessas divinas. O braço da irmã Temple estava em estado tal que não o podíamos tocar, e fomos obrigados a verter óleo sobre ele. Unimo-nos então em oração, e reclamamos as promessas divinas. Durante a oração cessaram as dores do braço, e deixamos a irmã Temple regozijando-se no Senhor. À nossa volta, oito dias depois, encontramo-la de boa saúde, trabalhando arduamente na lavagem de roupa. A família de Leonardo Hastings VE 123 2 Encontramos a família do irmão Leonardo Hastings em profunda aflição. A irmã Hastings veio ao nosso encontro com lágrimas, exclamando: "O Senhor os mandou a nós numa ocasião de grande necessidade." Tinha ela um filhinho de aproximadamente oito semanas, que chorava continuamente quando acordado. Isso, além de seu péssimo estado de saúde, estava rapidamente lhe debilitando as forças. VE 123 3 Oramos fervorosamente a Deus pela mãe, seguindo as instruções dadas em Tiago, e tivemos a segurança de que nossas orações eram ouvidas. Jesus estava entre nós para quebrar o poder de Satanás e libertar a cativa. Mas compreendíamos que certamente a mãe não poderia readquirir muitas forças enquanto não cessasse o choro da criança. Nós a ungimos e oramos sobre ela, crendo que, tanto à mãe como ao filho, o Senhor daria paz e descanso. Assim foi feito. Cessaram os gritos da criança, e deixamos ambos passando bem. A gratidão da mãe era inexprimível. VE 123 4 Nossa entrevista com aquela estimada família foi muito preciosa. Nossos corações ficaram entrelaçados; especialmente o da irmã Hastings ligou-se ao meu como o de Davi e Jônatas. Nossa união não se alterou enquanto ela viveu. Águas vivas -- um sonho VE 125 1 Meu esposo tornou parte em reuniões em New Hampshire e no Maine. Durante sua ausência, fiquei muito perturbada receando que ele contraísse a cólera, que estava grassando. Uma noite, porém, sonhei que enquanto muitos estavam em redor de nós morrendo de cólera, meu marido me propôs que déssemos um passeio. Nesse passeio notei que seus olhos pareciam ensangüentados, o rosto vermelho, e os lábios pálidos. Disse-lhe que temia fosse ele fácil presa da cólera. Ele respondeu: "Andemos um pouco mais e te mostrarei um remédio seguro para a cólera." VE 125 2 Andamos um pouco mais e chegamos a uma ponte sobre um rio, onde ele abruptamente me deixou e desapareceu de minhas vistas, mergulhando na água. Fiquei espantada, mas ele logo surgiu segurando na mão um copo de água cristalina. Bebeu-a, dizendo: "Esta água cura todas as espécies de doenças." Mergulhou de novo, trouxe outro copo de água clara, e quando o ergueu repetiu as mesmas palavras. VE 125 3 Entristeci por ele não me haver oferecido um pouco da água. Ele disse: "Há no fundo deste rio, uma fonte secreta que cura todas as espécies de enfermidades; e todos os que dela desejam obter devem mergulhar ao acaso. Ninguém a pode obter para outrem. Cada qual deve mergulhar por si mesmo." Enquanto ele bebia o copo de água, eu olhava para seu rosto. Sua fisionomia era boa e natural. Parecia possuir saúde e vigor. Quando acordei, todos os meus temores se haviam dissipado, e confiei meu esposo ao cuidado de um misericordioso Deus, crendo plenamente que Ele o devolveria para mim são e salvo. ------------------------Capítulo 21 -- Oração e fé VE 126 1 Tenho visto freqüentemente que os filhos do Senhor negligenciam a oração, especialmente a oração secreta, e isso com freqüência; que muitos não exercem aquela fé que têm o privilégio e o dever de exercer, esperando muitas vezes receber aquele sentir que unicamente a fé pode trazer. Sentimento não é fé; ambos são coisas distintas. Toca a nós exercitar a fé; mas aquele sentimento de alegria e as bênçãos, Deus é quem os dá. A graça de Deus vem à alma pelo conduto da fé viva, e está ao nosso alcance exercitar semelhante fé. VE 126 2 A verdadeira fé apreende e reivindica a bênção prometida, antes que esta se realize e a experimentemos. Devemos, pela fé, enviar nossas petições para dentro do segundo véu, e fazer com que nossa fé se apodere da bênção prometida e a reclame como sendo nossa. Devemos então crer que recebemos a bênção, porque nossa fé se apoderou dela e, segundo a Palavra, é nossa. "Tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis." Marcos 11:24. Isto é fé, e fé pura; o crer que recebemos a bênção, mesmo antes que a vejamos. Quando a bênção prometida se realiza, e é fruída, cessa a fé. Muitos supõem, todavia, que tem muita fé quando participam amplamente do Espírito Santo, e não podem ter fé a menos que sintam o poder do Espírito. Essas pessoas confundem a fé com as bênçãos que a acompanham. VE 126 3 O tempo em que propriamente deveríamos exercer a fé é aquele em que nos sentimos privados do Espírito. Quando densas nuvens de trevas parecem pairar sobre o espírito, é ocasião para fazer com que a fé viva penetre as trevas e disperse as nuvens. VE 126 4 A verdadeira fé baseia-se nas promessas contidas na Palavra de Deus, e apenas aqueles que obedecem a essa Palavra podem rogar suas gloriosas promessas. "Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7. "Qualquer coisa que Lhe pedirmos, dEle a receberemos; porque guardamos os Seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à Sua vista." 1 João 3:22. VE 127 1 Deveríamos empregar muito tempo em oração particular. Cristo é a videira e nós as varas. E se desejamos crescer e florescer, devemos continuamente tirar seiva e nutrição da Videira viva; pois, separados da Videira, não temos forças. VE 127 2 Perguntei ao anjo por que não havia mais fé e poder em Israel. Disse ele: "Largais muito depressa o braço do Senhor. Enviai insistentemente vossas petições ao trono, e persisti nelas com fé firme. As promessas são certas. Crede que recebeis as coisas que pedis, e tê-las-eis." Foi-me então chamada a atenção para Elias. Ele era sujeito a paixões idênticas às nossas, e orou fervorosamente. Sua fé resistiu à prova. Sete vezes orou perante o Senhor, e finalmente viu a nuvenzinha. VE 127 3 Vi que havíamos duvidado das seguras promessas, e ofendido o Salvador pela nossa falta de fé. Disse o anjo: "Cingi a armadura, e sobretudo tomai o escudo da fé; pois isso resguardará o coração, a própria vida, dos dardos inflamados do maligno." Se o inimigo puder levar os desanimados a desviar de Jesus os olhos, a olhar para si mesmos e ocupar-se com sua própria indignidade, em vez de considerar a dignidade de Jesus, Seu amor, Seus méritos e Sua grande misericórdia, ele lhes tirará a proteção da fé e alcançará seu objetivo; e eles ficarão expostos às suas terríveis tentações. Os fracos, portanto, deverão olhar para Jesus, e crer nEle. Então exercitarão a fé. ------------------------Capítulo 22 -- Iniciando a obra de publicações VE 128 1 Numa reunião efetuada em Dorchester, Massachusetts, em novembro de 1848, foi-me concedida uma visão da proclamação da mensagem do assinalamento, e do dever que incumbia aos irmãos de publicarem a luz que resplandecia em nosso caminho. VE 128 2 Depois da visão eu disse ao meu esposo: "Tenho uma mensagem para ti. Deves começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Seja pequeno a princípio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-ão meios com que imprimi-lo, e alcançará bom êxito desde o princípio. Desde este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo." VE 128 3 Enquanto estávamos em Connecticut, no verão de 1849, meu esposo ficou profundamente convencido de que chegara o tempo de ele escrever e publicar a verdade presente. Decidindo-se a fazer isso, sentiu-se grandemente animado e abençoado. De novo, porém, iria ficar em dúvida e perplexidade, visto que estava sem vintém. Havia os que tinham meios; mas estes preferiram guardá-los. Finalmente desistiu, desanimado; e decidiu-se a procurar um campo de feno para contratar a colheita. VE 128 4 Quando ele saiu de casa, senti afligir-me um grande peso, e desmaiei. Fizeram-se orações por mim, e Deus me abençoou, arrebatando-me em visão. Vi que o Senhor abençoara e fortalecera meu esposo para trabalhar no campo um ano antes; que ele fizera emprego correto dos recursos ganhos ali; e teria cem vezes mais nesta vida e, se fosse fiel, uma preciosa recompensa no reino de Deus; que o Senhor porém, não lhe daria agora forças para trabalhar no campo, pois Ele lhe destinava outro trabalho, e, caso se aventurasse a ir ao campo, seria prostrado pela enfermidade; pois o que devia fazer era escrever, escrever, escrever e andar pela fé. Imediatamente começou a escrever, e quando chegava a alguma passagem difícil, uníamo-nos em oração a Deus, rogando a compreensão do verdadeiro sentido de Sua palavra. A "verdade presente" (present truth) VE 129 1 Um dia de julho, meu esposo trouxe para casa, de Middletown, mil exemplares do primeiro número de seu jornal. Várias vezes, enquanto era preparada a matéria para ser publicada, ele foi a Middletown, numa distância de doze quilômetros, e voltara, a pé; mas neste dia tomou emprestado do irmão Belden o cavalo e o carro, para trazer para casa os jornais. VE 129 2 As preciosas páginas impressas foram trazidas para casa e postas no chão, e então um pequeno grupo de interessados ali se reuniu. Ajoelhamo-nos em redor dos jornais e, com coração humilde e muitas lágrimas, rogamos ao Senhor que fizesse Sua bênção repousar sobre aqueles mensageiros da verdade. VE 129 3 Depois de termos dobrado os jornais e meu marido haver embrulhado e endereçado exemplares para todos os que ele julgava os leriam, pô-los numa malinha e, a pé, levou-os ao correio de Middletown. VE 130 1 Durante julho, agosto e setembro, foram impressos em Middletown quatro números do jornal de oito páginas cada um. Sempre antes de os jornais serem expedidos, nós os expúnhamos perante o Senhor, e fazíamos a Deus fervorosas orações de mistura com lágrimas, a fim de que Sua bênção acompanhasse os silenciosos mensageiros. Logo depois da expedição do primeiro número, recebemos cartas que continham meios com que continuar a editar o jornal, bem como as boas novas de muitas almas que abraçavam a verdade. VE 130 2 Com o início desta obra de publicação, não cessamos nossos labores de pregar a verdade, mas viajamos de um lugar para outro, proclamando as doutrinas que nos haviam trazido tão grande luz e alegria, animando os crentes, corrigindo erros, e pondo as coisas em ordem na igreja. No intuito de levar avante o empreendimento das publicações, e ao mesmo tempo continuar nossa atividade nas várias partes do campo, o jornal, de tempos a tempos, era transferido de um lugar para outro. Visita ao estado de Maine VE 130 3 No dia 28 de julho de 1849, nasceu meu segundo filho, Tiago Edson White. Estando ele com seis semanas de idade, fomos a Maine. A 14 de setembro assistimos a uma reunião em Paris. Estavam presentes os irmãos Bates, Chamberlain, Ralph e outros crentes de Topsham. O poder de Deus desceu, até certo ponto como o fez no dia de Pentecoste, e cinco ou seis dos que haviam sido iludidos e levados em erro e fanatismo, foram prostrados ao chão. Pais confessaram aos filhos, e filhos aos pais, e uns aos outros. O irmão J. N. Andrews, com profunda emoção, exclamou: "Trocaria mil erros por uma verdade." Poucas vezes, temos testemunhado tal cena de confissão e rogos insistentes a Deus para que conceda perdão. Aquela reunião, que foi o começo de melhores dias para os filhos de Deus em Paris, foi-lhes um oásis no deserto. O Senhor estava preparando o irmão Andrews para ser útil, no futuro, e lhe estava proporcionando uma experiência que lhe seria de grande valor em seus futuros trabalhos. Avançando pela fé VE 131 1 Numa reunião realizada em Topsham alguns dos irmãos presentes exprimiram o desejo de que de novo visitássemos o Estado de Nova Iorque. Mas minha saúde debilitada me abatia o ânimo. Disse-lhes que não ousava arriscar-me, a menos que o Senhor me fortalecesse para essa tarefa. Oraram por mim, e as nuvens se dissiparam; contudo não havia recebido a força que tanto desejava. Resolvi andar pela fé, e ir, apegando-me à promessa: "Minha graça te basta." 2 Coríntios 12:9. VE 131 2 Em viagem para Nova Iorque, nossa fé foi provada, mas obtivemos a vitória. Minhas forças aumentaram, e pude regozijar-me em Deus. Muitos haviam abraçado a verdade depois de nossa primeira visita, mas muito havia para ser feito por eles; e foi necessária toda a nossa energia nesse trabalho. Trabalho em Oswego VE 131 3 Durante os meses de outubro e novembro, enquanto estivemos viajando, esteve suspensa a publicação do jornal, mas meu esposo ainda sentia sobre si o encargo de escrever e publicar. Alugamos uma casa em Oswego, tomamos mobília emprestada de nossos irmãos, e começamos a vida caseira. Ali meu marido escreveu, publicou e pregou. ------------------------Capítulo 23 -- Em visita aos irmãos VE 132 1 Enquanto estávamos em Oswego, Nova Iorque, em princípios de 1850, fomos convidados para visitar Camden, cidade situada mais ou menos sessenta quilômetros mais para o leste. Antes de irmos, foi-me mostrado o pequeno grupo de crentes daquele lugar, e entre ele vi uma mulher que professava muita piedade, mas era hipócrita e estava enganando o povo de Deus. A reunião em Camden VE 132 2 Sábado de manhã, um bom grupo se reuniu para o culto, mas a enganadora não estava presente. Indaguei de uma irmã se estavam ali todos os componentes de seu grupo. Ela disse que sim. A mulher que eu vira na visão morava a seis quilômetros de distância, e a irmã não se lembrara dela. Mas logo entrou, e eu a reconheci imediatamente como sendo a mulher cujo verdadeiro caráter o Senhor me havia mostrado. VE 132 3 No decorrer da reunião, ela falou longamente dizendo que tinha perfeito amor e desfrutava santidade de coração, que não tinha provas nem tentações, mas fruía perfeita paz e se submetia à vontade de Deus. VE 132 4 Voltei da reunião para a casa do irmão Preston, sentindo grande tristeza. Naquela noite, sonhei que se abrira diante de mim um compartimento secreto, cheio de lixo, e foi-me dito que eu deveria limpá-lo. À luz de uma lanterna removi o lixo, e disse àqueles que comigo estavam que o quarto poderia ser ocupado com coisas de mais valor. VE 132 5 Domingo de manhã, reunimo-nos com os irmãos, e meu esposo levantou-se para pregar sobre a parábola das dez virgens. Ele não sentia liberdade para falar, e propôs que tivéssemos uns momentos de oração. Curvamo-nos perante o Senhor, e entregamo-nos à oração fervorosa. Removeu-se a nuvem negra, e fui arrebatada em visão, sendo-me novamente apresentado o caso daquela mulher. Ela me foi mostrada achar-se em trevas completas. Estampava-se no semblante de Jesus Seu desagrado contra ela e seu marido. Aquele temível semblante carregado fez-me tremer. Vi que ela agira hipocritamente, professando santidade ao passo que tinha o coração inteiramente corrompido. VE 133 1 Ao sair eu da visão, relatei, em estado de agitação, mas com fidelidade, o que vira. A mulher disse calmamente: "Estou satisfeita por conhecer o Senhor o meu coração. Ele sabe que O amo. Se tão-somente meu coração pudesse abrir-se para ser esquadrinhado, os senhores veriam que é puro e limpo." VE 133 2 Alguns dos presentes vacilaram. Não sabiam se deveriam crer no que o Senhor me mostrara ou permitir que as aparências pesassem contra o testemunho que eu apresentara. VE 133 3 Não muito tempo depois disso, apoderou-se da mulher um medo terrível. O terror apoderou-se dela, que começou a confessar. Chegou a ir de casa em casa entre seus vizinhos incrédulos, confessando que o homem com quem vivia durante anos não era seu marido, que ela fugira da Inglaterra, deixando um benigno esposo e um filho. Confessou muitos outros atos ímpios. Seu arrependimento parecia ser genuíno, e nalguns casos restituiu o que havia tomado ilicitamente. VE 133 4 Em resultado dessa experiência, nossos irmãos e irmãs em Camden, e seus vizinhos, ficaram plenamente firmados na crença de que Deus me revelara as coisas de que eu falara, e por misericórdia e amor lhes fora dada a mensagem para os salvar do engano e perigoso erro. Em Vermont VE 133 5 Na primavera de 1850, decidimos visitar Vermont e Maine. Deixei meu pequeno Edson, então com nove meses de idade, em casa da irmã Bonfoey, enquanto prosseguíamos fazendo a vontade de Deus. Trabalhamos arduamente, sofrendo muitas privações, para conseguir pouco. Encontramos os irmãos e as irmãs em estado de dispersão e confusão. Quase cada um estava contaminado por algum erro, e todos pareciam zelosos de suas próprias opiniões. Freqüentemente sofríamos intensa angústia de espírito, por ver quão poucos se achavam dispostos a escutar as verdades bíblicas, ao passo que avidamente se apegavam ao erro e ao fanatismo. Fomos obrigados a fazer um percurso cansativo de sessenta e cinco quilômetros em diligência para chegarmos a Sutton, que era o lugar determinado. Reagindo contra o desânimo VE 134 1 A primeira noite após nossa chegada ao lugar da reunião, fui presa de desânimo. Procurei vencê-lo, mas parecia impossível dominar meus pensamentos. A lembrança de meus filhinhos oprimia-me o espírito. Deixáramos no Estado de Maine, um com a idade de dois anos e oito meses, e no de Nova Iorque, outro com nove meses. Acabáramos de fazer uma viagem enfadonha com grande sofrimento, e eu pensava naqueles que fruíam a companhia de seus filhos, em lar próprio e tranqüilo. Passei em revista nossa vida anterior, evocando expressões que tinham sido usadas por uma irmã, havia apenas poucos dias, a qual achava que deveria ser muito agradável andar viajando pelo país, sem coisa alguma para me incomodar. Era precisamente a vida que ela gostaria de fruir. Naquela mesma ocasião meu coração ansiava por meus filhos, especialmente o menor que estava em Nova Iorque. Eu acabara de sair de meu quarto de dormir, onde estivera batalhando com meus sentimentos e, com muitas lágrimas, buscara do Senhor forças para conter a murmuração a fim de alegremente negar-me a mim mesma por amor a Jesus. Nesse estado de espírito adormeci, e sonhei que um anjo alto estava ao meu lado e perguntava-me por que estava triste. Mencionei-lhe os pensamentos que me haviam perturbado, e disse: "Tão pouco bem posso eu fazer; por que não poderemos estar com nossos filhos, e desfrutar sua companhia?" Ele falou: "Deste ao Senhor duas belas flores, cujo aroma é perante Ele como o suave incenso, e à Sua vista é mais precioso do que o ouro e a prata, pois é uma dádiva do coração. Ela faz vibrar cada fibra do coração como nenhum outro sacrifício o faz. Não deves olhar para as aparências do momento, mas conservar os olhos unicamente em teu dever, tão somente na glória de Deus, e trilhar os caminhos abertos por Sua providência; e tua vereda iluminar-se-á diante de ti. Toda renúncia própria, todo sacrifício, são fielmente registrados e terão o seu galardão." Trabalhos no Canadá VE 136 1 A bênção do Senhor acompanhou nossa conferência em Sutton, e depois de terminada a reunião, partimos para o este do Canadá. Minha garganta me incomodava muito, e eu não podia falar alto, nem mesmo cochichar, sem sofrimento. Em viagem, orávamos, pedindo forças para resistir à jornada. VE 136 2 Assim fomos até chegar a Melbourne. Esperávamos encontrar oposição ali. Muitos dos que professavam crer na próxima vinda de nosso Senhor, combatiam a lei de Deus. Sentimos a necessidade de forças do alto. Oramos para que o Senhor Se nos manifestasse. Eu orava com fervor para sarar da garganta e recuperar a voz. Tive a prova de que a mão do Senhor me tocara ali. A dificuldade foi instantaneamente removida, e a voz ficou clara. A tocha do Senhor brilhou em redor de nós naquela reunião, e fruímos grande liberdade. Os filhos de Deus foram grandemente fortalecidos e animados. Reuniões em Johnson VE 136 3 Logo voltamos a Vermont e realizamos uma notável reunião em Johnson. De passagem paramos vários dias em casa do irmão E. P. Butler. Achamos que ele e outros crentes ao norte de Vermont, tinham sido excessivamente perturbados e provados pelos falsos ensinos e desenfreado fanatismo de um grupo de pessoas que se arrogavam completa santificação e, sob a aparência de grande santidade, seguiam método de vida que redundava em opróbrio para o nome de cristão. VE 138 1 Em sua vida e caráter, os dois homens que eram os líderes do fanatismo, assemelhavam-se muito àqueles que quatro anos antes encontráramos em Claremont, New Hampshire. Ensinavam a doutrina da extrema santificação, pretendendo não poderem pecar e estarem preparados para a trasladação. Praticavam o magnetismo e pretendiam receber iluminação divina ao estarem numa espécie de êxtase. VE 138 2 Não se ocupavam com o trabalho regular, mas em companhia de duas mulheres, que não eram suas esposas, viajavam de um lugar para outro, exigindo hospitalidade do povo. Mediante sua influência sutil e mesmérica conseguiram grande simpatia entre alguns jovens filhos de crentes. VE 138 3 O irmão Butler era homem de toda a integridade. Estava perfeitamente apercebido da má influência das teorias fanáticas, e era ativo na oposição aos falsos ensinos e pretensões arrogantes daqueles homens. Além disso, explicou-nos que não cria em visões de espécie alguma. VE 138 4 Com certa relutância o irmão Butler concordou em assistir à reunião em casa do irmão Lovejoy, em Johnson. Os dois homens dirigentes do fanatismo, e que grandemente haviam enganado e oprimido os filhos de Deus, compareceram à reunião, acompanhados das duas mulheres vestidas de alvo linho e com os longos cabelos negros soltos sobre os ombros. Os vestidos de linho branco deveriam simbolizar a justiça dos santos. VE 138 5 Eu tinha uma mensagem de reprovação para eles, e, enquanto falava, o principal daqueles dois homens mantinha os olhos fixos em mim, como já haviam feito os magnetizadores. Eu, porém, não tinha receio de sua influência magnética. Do Céu me era dada força para sobrepor-me ao seu poder satânico. Os filhos de Deus que haviam estado em cativeiro, começaram a respirar livremente e a regozijar-se no Senhor. VE 139 1 Durante a reunião, aqueles fanáticos procuraram levantar-se para falar, mas não tiveram oportunidade. Foi explicado a eles que sua presença não era necessária, mas preferiram ficar. Então o irmão Samuel Rhodes agarrou o espaldar da cadeira em que uma das mulheres estava sentada, e arrastou-a para fora da sala, levando-a porta fora até o quintal. Voltando à sala, arrastou da mesma maneira a outra mulher. Os dois homens abandonaram a sala, mas procuraram reingressar. VE 139 2 Enquanto era feita a oração final da reunião, o segundo dos dois homens veio à porta e pôs-se a falar. A porta foi fechada diante dele. Ele a abriu e pôs-se de novo a falar. Então o poder de Deus veio sobre o meu esposo. Tinha o rosto lívido ao levantar-se de sobre os joelhos. Ergueu as mãos diante do homem, exclamando: "O Senhor não necessita de teu testemunho aqui. O Senhor não quer que estejas aqui para perturbar e oprimir Seu povo." VE 139 3 O poder de Deus encheu a sala. O homem pareceu aterrorizar-se e, recuando através do pórtico, penetrou em outra sala. Cambaleou pela sala e caiu de encontro à parede, e recobrando o equilíbrio achou a saída para fora da casa. A presença do Senhor, que foi tão desagradável para os pecadores fanáticos, impressionou com grandíssima solenidade o grupo. Depois, porém, que se foram os filhos das trevas, uma doce paz do Senhor repousou sobre nosso grupo. Depois dessa reunião os falsos e traiçoeiros ensinadores de perfeita santidade nunca mais puderam restabelecer seu poder sobre nossos irmãos. VE 139 4 A experiência dessa reunião fez-nos ganhar a confiança e a solidariedade do irmão Butler. ------------------------Capítulo 24 -- Publicando novamente VE 140 1 De Oswego fomos a Centerport, em companhia do irmão e irmã Edson, e estabelecemos nosso lar em casa do irmão Harris, onde publicamos uma revista mensal intitulada Advent Review (Revista do Advento). Review and Herald (revista e arauto) VE 140 2 Em novembro de 1850, o jornal foi publicado em Paris, Maine. Ali foi aumentado o formato e seu nome mudado para: Advent Review and Sabbath Herald (Revista do Advento e Arauto do Sábado). Pagávamos pensão em casa da família do irmão A. Queríamos viver com poucos gastos para que o jornal pudesse ser mantido. Os amigos da causa eram poucos e pobres em bens deste mundo e fomos ainda obrigados a lutar com a pobreza e grande desânimo. Sobrecarregavam-nos os cuidados, e muitas vezes ficávamos sentados até à meia-noite, e em certas ocasiões até às duas ou três da madrugada, lendo as provas. VE 140 3 Trabalho excessivo, cuidados, ansiedades, falta de alimento próprio e nutriente, exposição ao frio em nossas longas viagens de inverno eram coisas demasiadas para meu marido, e ele cedeu ao peso desse fardo. Ficou tão fraco que dificilmente podia andar para a redação. Nossa fé foi provada ao extremo. Tínhamos voluntariamente suportado privações, trabalhos, sofrimentos, e não obstante nossos intuitos eram mal-interpretados, e éramos olhados com desconfiança e receio. Poucos daqueles por cujo bem havíamos sofrido, pareciam apreciar nossos esforços. VE 140 4 Estávamos por demais perturbados para poder dormir ou repousar. As horas em que deveríamos ser refeitos pelo sono eram freqüentemente empregadas em responder a longa correspondência motivada pela inveja. Muitas horas, enquanto outros dormiam, passamos em prantos angustiosos e lamentações perante o Senhor. Finalmente disse meu marido: "Minha esposa, não vale a pena tentar lutar por mais tempo. Essas coisas estão me oprimindo demasiadamente, e logo me levarão ao túmulo. Não posso prosseguir. Escrevi para o jornal uma nota em que declaro que não o publicarei mais." Quando ele saiu da sala para levar a nota à redação, eu desmaiei. Ele voltou e orou por mim. Sua oração foi atendida e fiquei aliviada. VE 141 1 Na manhã seguinte, durante o culto doméstico, caí em visão e fui instruída a respeito do assunto. Vi que meu marido não devia abandonar o jornal, pois Satanás estava experimentando impeli-lo a dar exatamente esse passo, e estava operando por meio de seus agentes para tal fim. Foi-me mostrado que deveríamos continuar a publicar, e o Senhor nos ampararia. VE 141 2 Logo recebemos convites insistentes para realizar conferências em vários Estados, e decidimos tomar parte nas reuniões gerais em Boston, Massachusetts; em Rocky Hill, Connecticut; em Camden e West Milton, Nova Iorque. Todas estas eram reuniões trabalhosas, mas muito proveitosas para nossos irmãos dispersos. Mudança para Saratoga Springs VE 141 3 Demoramo-nos em Ballston, Spa, algumas semanas, até que decidimos que as publicações deveriam ser feitas em Saratoga Springs. Alugamos então uma casa e mandamos chamar os irmãos Stephen Belden e esposa, e a irmã Bonfoey, que na ocasião se achava no Maine cuidando do pequeno Edson; e com petrechos domésticos emprestados, iniciamos a vida caseira. Ali meu esposo publicou o segundo volume do Advent Review and Sabbath Herald. VE 141 4 A irmã Annie Smith, que ora dorme em Jesus veio morar conosco e ajudar-nos na obra. Seu auxílio era necessário. Em carta dirigida ao irmão Howland, datada de 20 de fevereiro de 1852, meu marido exprimiu suas impressões dessa ocasião, nos seguintes termos: "Todos, exceto eu, acham-se excepcionalmente bem. Não posso resistir por muito tempo aos trabalhos de viajar e tratar da publicação. Quarta-feira à noite trabalhamos até às duas horas da madrugada, dobrando e encapando o número 12 da Review and Herald; fui então acomodar-me, e tossi até à manhã. Ore por mim. A causa está prosperando gloriosamente. Talvez o Senhor não mais tenha necessidade de mim, e me deixe repousar no túmulo. Espero ficar livre do jornal. Tenho permanecido ao lado dele em extrema adversidade; e agora que seus amigos são muitos, sinto-me livre para deixá-lo, caso possa encontrar alguém que dele se encarregue. Espero que meu lugar se vague. Queira o Senhor dirigir isso." Em Rochester, Nova Iorque VE 143 1 Em abril de 1852, mudamo-nos para Rochester, Nova Iorque, sob as mais desanimadoras circunstâncias. A cada passo éramos obrigados a avançar pela fé. Sentíamo-nos tolhidos pela pobreza, e compelidos a exercer a mais rígida economia e abnegação. Farei um breve extrato de uma carta à família do irmão Howland, datada de 16 de abril de 1852. VE 143 2 "Acabamos de estabelecer-nos em Rochester. Alugamos uma casa velha por cento e setenta e cinco dólares por ano. Temos o prelo na casa. Se não fosse isso teríamos de pagar cinqüenta dólares anualmente por uma sala para a redação. Haveríeis de rir se nos vísseis e a nossa mobília. Compramos duas velhas armações de cama por vinte e cinco centavos de dólar cada. Meu marido trouxe para casa seis cadeiras velhas, dentre as quais não se acham duas iguais, pagando pelas mesmas um dólar. Logo presenteou-me com mais quatro cadeiras velhas sem assento, que lhe custaram setenta e dois centavos de dólar. A armação era forte e fiz para elas assentos de lona. Manteiga é coisa tão cara que não a compramos, tampouco podemos nos abastecer de batatas. Usamos molho em lugar de manteiga, e nabos em vez de batatas. Nossas primeiras refeições foram tomadas numa tábua colocada sobre duas barricas de farinha vazias. Estamos dispostos a suportar privações para que a obra de Deus possa avançar. Cremos que a mão do Senhor esteve sobre nós ao virmos para este lugar. Há um vasto campo para o trabalho, e os obreiros são poucos. Sábado passado, nossa reunião foi excelente. O Senhor nos confortou com Sua presença." Fazendo esforços VE 145 1 Labutamos em Rochester com muita perplexidade e desânimo. A colera-morbus visitou a cidade e, enquanto grassava, ouvia-se nas ruas, a noite toda, o ruído dos carros que transportavam os mortos para o cemitério de Mount Hope. Essa doença não somente dizimou os de humilde condição, mas fez vítimas entre todas as classes da sociedade. Os mais hábeis médicos pereceram, e foram levados a Mount Hope. Quando passávamos pelas ruas em Rochester, quase em cada recanto encontrávamos carros contendo caixões toscos de pinho, em que se poriam os mortos. VE 145 2 Nosso pequeno Edson, foi atacado, e o levamos ao grande Médico. Tomei-o nos braços, e em nome de Jesus repreendi a doença. Ele logo sentiu alívio, e, como uma irmã começasse a orar ao Senhor para o curar, nosso companheirinho de três anos olhou admirado, e disse: "Não precisam orar mais, porque o Senhor já me curou." Ele estava muito fraco, mas a doença não progrediu. Contudo não adquiriu forças. Nossa fé devia ainda ser provada. Durante três dias ele nada comeu. Escrevendo e trabalhando VE 145 3 Tínhamos compromissos para dois meses, incluindo Rochester, Nova Iorque, até Bangor, Maine; e devíamos fazer essa viagem em nossa carroça coberta e com o nosso bom cavalo Charlie, que nos fora dado pelos irmãos de Verrnont. Mas ousaríamos deixar a criança em estado tão crítico? Contudo, decidimos ir, a menos que houvesse uma mudança para pior. Dentro de dois dias deveríamos começar a viagem, a fim de atingir o ponto de nosso primeiro compromisso. Apresentamos o caso ao Senhor, considerando o desejo de se alimentar, por parte da criança, como sinal de que deveríamos decidir partir. No primeiro dia não houve mudança para melhor. Não pôde tomar alimento algum. No dia seguinte, perto do meio-dia, pediu mingau; e este o nutriu. VE 146 1 Começamos a viagem naquela tarde. Aproximadamente às quatro horas tomei meu filho doente sobre um travesseiro, e viajamos trinta quilômetros. Ele parecia estar muito nervoso aquela noite. Não pude dormir e conservei-o nos braços durante quase toda a noite. VE 146 2 Na manhã seguinte consultamo-nos mutuamente se deveríamos voltar a Rochester ou prosseguir. A família que nos havia hospedado disse que, se fôssemos, iríamos sepultar a criança em caminho; e, segundo toda a aparência, assim seria. Mas não ousei voltar a Rochester. Críamos que a aflição da criança era obra de Satanás, a fim de nos impedir de viajar; e não nos atrevíamos a nos render a ele. Disse a meu marido: "Se voltarmos, imagino que a criança morrerá. Ela poderá morrer a não ser que prossigamos. Continuemos a viagem confiantes no Senhor." VE 146 3 Tínhamos diante de nós uma jornada de aproximadamente cento e cinqüenta quilômetros, para fazer em dois dias; contudo acreditávamos que o Senhor operaria em nosso favor nessa ocasião extrema. Eu estava bastante exausta e receava dormir e deixar a criança cair dos braços; nessas condições, coloquei-a em meu colo e a amarrei à cintura, e ambos dormimos naquele dia grande parte da distância. A criança reanimou-se e continuou a adquirir forças durante a viagem, e a trouxemos, de volta para casa, em condições satisfatórias. VE 147 1 O Senhor nos abençoou grandemente na viagem a Vermont. Meu esposo teve muitas preocupações e trabalho. Em várias conferências ele fez a maior parte das pregações, vendeu livros e esforçou-se para aumentar a circulação da revista. Quando se acabava uma conferência, apressávamo-nos para a outra. Ao meio-dia alimentávamos o cavalo ao lado da estrada e tomávamos a nossa merenda. Em seguida, colocando o papel sobre a tampa da caixa em que levávamos a comida, ou na copa do chapéu, meu esposo escrevia artigos para a Review e para o Instructor. VE 147 2 No verão de 1853, fizemos nossa primeira visita a Michigan. Logo depois de nossa volta a Rochester, Nova Iorque, ele começou a escrever o livro Sinais dos Tempos. Ele ainda estava fraco e pouco podia dormir, mas o Senhor era o seu amparo. Quando seu espírito se encontrava em estado de confusão e sofrimento, curvávamo-nos diante de Deus, e em nossa angústia a Ele clamávamos. Ele ouvia nossas orações fervorosas e muitas vezes abençoou a meu marido de modo que, com o espírito reanimado, prosseguia com o trabalho. Muitas vezes durante o dia íamos assim perante o Senhor em fervorosa oração. Aquele livro, ele não o escreveu em sua própria força. Visita a Michigan e Wisconsin VE 147 3 Na primavera de 1854, visitamos novamente Michigan; e, conquanto fôssemos obrigados a viajar por caminhos atravancados de paus ou através de lodaçais, minha força não desfaleceu. Tínhamos o pressentimento de que o Senhor desejava que visitássemos Wisconsin, e já noite avançada providenciamos, em Jackson, o embarque. VE 147 4 Enquanto nos preparávamos para tomar o trem, sentíamo-nos muito impressionados e resolvemos dedicar uns momentos à oração; e, ao entregar-nos a Deus, não pudemos reprimir as lágrimas. Fomos à estação sentindo profunda impressão. Ao tomar o trem, fomos para um carro da frente, que tinha assentos com espaldares altos, esperando assim que pudéssemos dormir um pouco aquela noite. O carro estava repleto, e passamos ao imediato, e ali encontramos lugares. Contrariamente ao meu hábito quando viajava à noite, não tirei o chapéu, e conservei minha malinha nas mãos, como se estivéssemos esperando alguma coisa. Falávamos sobre os sentimentos estranhos de que nos achávamos possuídos. VE 148 1 O trem havia percorrido mais ou menos quatro e meio quilômetros de Jackson, quando seu movimento se tornou muito violento, e foi sacudido para a frente e para trás, parando, finalmente. Abri a janela e vi um carro quase levantado pela extremidade. Ouvi gemidos angustiosos, e havia grande confusão. A máquina saltara dos trilhos, mas o carro em que nos achávamos estava na linha e encontrava-se uns trinta metros afastado dos da frente. O engate não estava quebrado mas o nosso carro fora desligado do que lhe estava à frente, como se um anjo os houvesse separado. O carro das bagagens não ficou muito danificado, e nossa mala grande de livros estava intacta. O carro de segunda classe ficou destruído, e os pedaços, juntamente com os passageiros, juncavam o solo em ambos os lados da linha. O carro em que buscáramos arranjar lugar, estava muito quebrado, e tinha uma extremidade levantada sobre o monte de destroços. Quatro foram mortos ou mortalmente feridos; e muitos ficaram bastante feridos. Não podíamos deixar de compreender que Deus enviara um anjo para nos preservar a vida. VE 148 2 Voltamos à casa do irmão Cirineu Smith, perto de Jackson, e no dia seguinte tomamos o trem para Wisconsin. Nossa visita àquele Estado foi abençoada por Deus. Como resultado de nossos esforços converteram-se almas. O Senhor me fortaleceu para resistir à cansativa viagem. A volta a Rochester VE 149 1 Voltamos de Wisconsin muito cansados, desejando repouso, mas ficamos angustiados ao encontrar doente a irmã Ana. A doença havia-se apoderado dela, e ela ficou muito mal. As provações concentravam-se em redor de nós. Muitos eram os nossos cuidados. O pessoal da publicação tomava pensão em nossa casa, e assim as pessoas eram ali em número de quinze a vinte. As grandes conferências e as reuniões aos sábados eram realizadas em casa. Não tínhamos sábados sossegados; pois algumas das irmãs habitualmente ficavam o dia todo, com seus filhos. Nossos irmãos e irmãs geralmente não consideravam o incômodo nem os cuidados e despesas extras que nos acarretavam. Visto que um após outro dos que trabalhavam nas publicações vinha doente para casa, necessitando de atenção especial, fiquei receosa de que desfalecêssemos sob a ansiedade e cuidados. Muitas vezes pensei que não mais poderíamos resistir; entretanto aumentavam as provações e com surpresa eu percebia que não estávamos vencidos. Aprendemos a lição de que se poderiam suportar muito mais sofrimento e provações do que havíamos julgado possível. Os olhos vigilantes do Senhor estavam sobre nós, para fazer com que não fôssemos destruídos. VE 149 2 A 29 de agosto de 1854 aumentou a nossa responsabilidade com o nascimento de Guilherme. Até certo ponto ele me desviou o espírito das perturbações que me cercavam. Por essa ocasião recebemos o primeiro número do jornal falsamente intitulado Messenger of Truth (Mensageiro da Verdade). Aqueles que nos caluniavam por meio daquele jornal, tinham sido reprovados por suas faltas e erros. Não quiseram suportar a reprovação e, a princípio de maneira secreta e depois mais abertamente, empregavam sua influência contra nós. VE 150 1 O Senhor me havia mostrado o caráter e o desfecho daquele grupo faccioso; que Seu desagrado estava com os que se achavam ligados àquele jornal, e contra eles Sua mão; e, conquanto parecessem prosperar por algum tempo e algumas pessoas honestas fossem iludidas, a verdade, contudo, haveria de triunfar finalmente, e toda alma honesta romperia com o engano que a havia retido, subtraindo-se à influência daqueles homens ímpios; deveriam cair, visto que a mão de Deus estava contra eles. ------------------------Capítulo 25 -- Mudança para Michigan VE 151 1 Em 1855, os irmãos em Michigan abriram o caminho para que a obra de publicações fosse removida para Battle Creek. Naquele tempo, meu marido estava devendo de dois a três mil dólares; e tudo que ele tinha, além de um pequeno lote de livros, eram contas devedoras de livros, algumas das quais duvidosas. A causa havia aparentemente chegado a um impasse. Muito poucas e pequenas eram as encomendas de publicações. A saúde de meu marido estava muito enfraquecida. Ele se sentia incomodado com a tosse e a sensibilidade dos pulmões, e tinha o sistema nervoso abalado. Receávamos que morresse estando ainda com dívidas. Certezas confortadoras VE 151 2 Dias de tristeza foram aqueles. Eu olhava para meus três filhos que, como receava, logo deviam ficar órfãos; e dominavam-me pensamentos como estes: Meu marido morrerá de excesso de trabalho na causa da verdade presente; e quem compreenderá o que sofreu? Quem sabe dos encargos que durante anos ele suportou, os extremos cuidados que lhe oprimiam o ânimo e arruinaram a saúde, trazendo-lhe morte prematura, deixando a família sem recursos e sob a dependência de outros? A mim mesma fiz muitas vezes esta pergunta: Deus não cuida dessas coisas? Ele não as nota? Fiquei consolada por saber que há Alguém que julga retamente, e que cada sacrifício, cada ato de abnegação, e cada transe angustioso sofrido por Sua causa, é fielmente registrado no Céu, e terá o seu galardão. O dia do Senhor declarará e trará à luz coisas que ainda não são manifestas. VE 151 3 Foi-me revelado que era desígnio de Deus reerguer meu marido gradualmente; que deveríamos exercer uma forte fé, pois em cada esforço deveríamos ser esmurrados terrivelmente por Satanás; que não devíamos olhar às aparências, mas crer. Três vezes no dia, recorríamos a Deus, e nos entregávamos à oração fervorosa pelo restabelecimento de sua saúde. O Senhor graciosamente ouviu nossos ansiosos clamores, e meu esposo começou a melhorar. Não posso exprimir melhor meus sentimentos naquela ocasião, do que se acham manifestos nos seguintes extratos de uma carta que escrevi à irmã Howland: VE 153 1 "Sinto-me grata por poder agora ter meus filhos comigo, sob meus próprios cuidados. Durante semanas tenho sentido fome e sede de salvação, e temos desfrutado quase ininterrupta comunhão com Deus. Por que ficarmos longe da Fonte, quando podemos chegar e beber? Por que morrermos à míngua de pão, quando há um armazém cheio? É nutritivo e grátis. Ó minha alma, come regaladamente, e bebe diariamente das alegrias celestes! Não poderei conter minha paz. O louvor de Deus está em meu coração e nos lábios. Podemos regozijar-nos na plenitude do amor de nosso Salvador. Podemos regalar-nos em Sua excelente glória. Minha alma testifica isso. Dissipou-se de mim a tristeza por essa preciosa luz, e nunca poderei esquecê-lo. Senhor, ensina-me a conservá-lo vivo na lembrança. Despertai, energias todas de minha alma! Despertai e adorai vosso Redentor em virtude do Seu maravilhoso amor! VE 153 2 "Nossos inimigos podem triunfar. Podem falar amargas palavras, e sua língua forja a calúnia, o engano, a falsidade; contudo não nos moveremos. Sabemos em quem temos crido. Não temos corrido em vão nem trabalhado inutilmente. Aproxima-se um dia de ajuste de contas, em que todos serão julgados segundo o que houverem feito no corpo. É verdade que o mundo é tenebroso. A oposição pode tornar-se forte. O néscio e o escarnecedor podem tornar-se ousados em sua iniqüidade. Entretanto, nada disso nos moverá o ânimo, mas nos apoiaremos no braço do Todo-poderoso, donde recebemos forças." Supressão do cativeiro VE 155 1 O Senhor começou a suprimir nosso cativeiro desde o tempo em que nos mudamos para Battle Creek. Encontramos amigos em Michigan, que simpatizavam conosco, e estavam dispostos a participar de nossos encargos e suprir nossas necessidades. Velhos e experimentados amigos no centro do Estado de Nova Iorque e Nova Inglaterra, especialmente em Vermont, simpatizavam conosco em nossas aflições, e estavam prontos a ajudar-nos em tempos angustiosos. Na assembléia em Battle Creek, em novembro de 1856, Deus trabalhou por nós. Foi concedida nova vida à causa, e o êxito acompanhou os trabalhos de nossos pregadores. VE 155 2 Foram recebidos pedidos de literatura, e esta mostrou-se ser exatamente o que a causa exigia. O Messenger of Truth logo sucumbiu, e dispersaram-se os espíritos discordantes que por meio dele falavam. Meu marido pôde pagar todas as suas dívidas. A sua tosse cessou, bem como a dor e a sensibilidade dos pulmões e garganta, e ele gradualmente recuperou a saúde, de maneira que podia pregar três vezes aos sábados e aos domingos, com facilidade. Essa maravilhosa obra na restauração de sua saúde, proveio de Deus, e a Ele pertence toda a glória. ------------------------Capítulo 26 -- Os dois caminhos VE 156 1 Na conferência em Battle Creek, Michigan, em 27 de maio de 1856, foram-me mostradas em visão algumas coisas que dizem respeito à igreja em geral. Foram-me mostradas a glória e a majestade de Deus. Disse o anjo: "Ele é terrível em Sua majestade, contudo não O compreendeis; terrível em Sua ira, e no entanto vós O ofendeis diariamente. Esforçai-vos por entrar pela porta estreita; porque espaçosa é a porta e largo é o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que por ele irão; pois estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à vida e poucos são os que o acham." Esses caminhos são distintos, separados, em direções opostas. Um leva à vida eterna, e o outro à morte eterna. Vi a distinção entre esses caminhos, e também a diferença entre as multidões que neles viajavam. Os caminhos são opostos; um é largo e suave, o outro estreito e escabroso. Semelhantemente as duas multidões que os percorrem são opostas no caráter, na vida, no vestuário e na conversa. VE 156 2 Os que viajam pelo caminho estreito conversam a respeito da alegria e felicidade que terão no fim da viagem. Seu rosto muitas vezes está triste e, todavia, brilha freqüentemente com piedosa e santa alegria. Não se vestem como a multidão do caminho largo, nem como eles falam, nem agem como eles. Um modelo lhes foi dado. Um Homem de dores, e experimentado nos trabalhos lhes abriu aquele caminho e o palmilhou. Seus seguidores vêem os Seus rastos, e ficam consolados e animados. Ele o percorreu em segurança; assim também poderão fazer os da multidão, se acompanharem Suas pegadas. VE 156 3 Na estrada larga todos estão preocupados com sua pessoa, suas vestes, seus prazeres, pelo caminho. Dão-se livremente à hilaridade e ao divertimento, e não pensam no termo da viagem e na destruição certa no fim do caminho. Cada dia se aproximam mais de sua destruição; contudo loucamente se lançam, mais e mais depressa. Oh, quão terrível isso me parecia! VE 157 1 Vi, percorrendo a estrada larga, muitos que tinham sobre si escritas estas palavras: "Morto para o mundo. Próximo está o fim de todas as coisas. Estai vós também prontos." Pareciam precisamente iguais a todas aquelas pessoas frívolas que em redor se achavam, com a diferença única de uma sombra de tristeza que lhes notei no rosto. Sua conversa era perfeitamente igual à daqueles que, divertidos e inconscientes, se encontravam em redor; mas de quando em quando mostravam com grande satisfação as letras sobre suas vestes, convidando outros a terem as mesmas sobre si. Estavam no caminho largo, e no entanto professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que estavam em redor deles diziam: "Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos semelhantemente." VE 158 1 Foi-me então dirigida a atenção para os anos de 1843 e 1844. Havia naquela ocasião um espírito de consagração que hoje não há. O que acontece com o povo que professa ser o povo peculiar de Deus? Vi a conformidade com o mundo, a indisposição de sofrer por causa da verdade. Vi grande falta de submissão à vontade de Deus. Foi-me chamada a atenção para os filhos de Israel, depois que saíram do Egito. Deus misericordiosamente os chamou dentre os egípcios para que O adorassem sem impedimento nem restrição. Operou em prol deles, no caminho, por meio de milagres; provou-os e experimentou-os, pondo-os em situações angustiosas. Depois do maravilhoso trato de Deus com eles, e seu livramento tantas vezes, murmuravam quando provados ou experimentados por Ele. Suas expressões eram: "Quem dera houvéssemos morrido pela mão do Senhor na terra do Egito!" Eles cobiçavam os alhos e as cebolas de lá. VE 158 2 Vi que muitos que professavam crer na verdade para estes últimos dias, acham estranho que os filhos de Israel murmurassem enquanto viajavam; que depois do maravilhoso trato de Deus para com eles, fossem tão ingratos que se esquecessem do que por eles fizera. Disse o anjo: "Vós tendes feito pior do que eles." Vi que Deus deu a Seus servos a verdade tão clara, tão compreensível, que é impossível negá-la. Onde quer que estejam, têm certa a vitória. Seus inimigos não poderão assediar a convincente verdade. A luz foi derramada com tanta clareza que os servos de Deus podem levantar-se em qualquer parte e fazer com que ela, clara e harmoniosa, ganhe a vitória. Esta grande bênção não tem sido apreciada nem compreendida. Se surge alguma provação, alguns começam a olhar para trás, e pensam que passam por um tempo difícil. Alguns dos professos servos de Deus não sabem o que sejam provações purificadoras. Algumas vezes suscitam eles próprios as provações, imaginam-nas, e desanimam tão facilmente, tão prontamente se magoam, e ressentem-se tão depressa, que fazem mal a si próprios, ofendem a outros e prejudicam a causa. Satanás faz parecer grandes as suas provações, e incute-lhes no espírito pensamentos que, a serem satisfeitos, lhes destruirão a influência e utilidade. VE 159 1 Alguns têm se sentido tentados a retirar-se da obra, a fim de trabalhar por sua própria conta. Vi que se a mão de Deus fosse retirada deles, e ficassem sujeitos à enfermidade e à morte, saberiam então o que são dificuldades. Coisa terrível é murmurar contra Deus. Eles não têm em mente que o caminho que trilham é áspero, cheio de abnegação e de crucifixão do eu, e não deveriam esperar que tudo corresse tão suavemente como se estivessem andando no caminho largo. VE 159 2 Vi que alguns dos servos de Deus, mesmo pastores, desanimam tão facilmente, tão prontamente se magoa o seu eu, que se julgam menosprezados e ofendidos quando não há tal. Acham ruim a sua sorte. Tais pessoas não compreendem como se sentiriam se Deus as desamparasse, e elas passassem por angústia de alma. Achariam então sua sorte dez vezes pior do que antes, quando se achavam empregadas na obra de Deus, sofrendo provações e privações, mas tendo a aprovação do Senhor. VE 159 3 Alguns dos que trabalham na causa de Deus não sabem quando têm um tempo suave. Sofrem tão poucas privações, tão pouco sabem de necessidades, trabalho exaustivo ou contrariedades que, passando bem e sendo favorecidos por Deus, e quase inteiramente livres de angústias de espírito não o reconhecem e acham grandes as provações. Vi que, a menos que tais pessoas tenham espírito de abnegação, e estejam prontas a trabalhar corajosamente, não poupando a si mesmas, Deus as dispensará. Ele não as reconhecerá como Seus servos abnegados, mas suscitará quem trabalhe, não indolentemente, mas com fervor, e reconheça quando desfruta de bem-estar. Os servos de Deus deveriam sentir responsabilidade pelo trabalho em prol das pessoas, e chorar entre o alpendre e o altar, clamando: "Poupa a Teu povo, ó Senhor!" VE 160 1 Alguns dos servos de Deus consagraram a vida à causa de Deus até ao ponto de terem a saúde enfraquecida e ficarem quase consumidos pelo trabalho mental, cuidados incessantes, fadigas e privações. Outros não sentiram essa responsabilidade ou não a quiseram assumir. Entretanto, justamente esses, por nunca terem experimentado dificuldades, acham que passam por um tempo difícil. Nunca foram batizados no quinhão do sofrimento, e nunca o serão enquanto manifestarem tanta fraqueza e tão pouca força, e amarem tanto a comodidade. VE 160 2 Segundo o que Deus me mostrou, é preciso haver uma sacudidura entre os ministros a fim de serem eliminados os negligentes, preguiçosos e comodistas, e permanecer um grupo fiel, puro e abnegado, que não busque bem-estar pessoal, mas administre fielmente na palavra e na doutrina, dispondo-se a sofrer e suportar todas as coisas por amor de Cristo, e salvar aqueles por quem Ele morreu. Sintam estes servos sobre si o "ai" que sobre eles pesa se não pregarem o evangelho, e isso será bastante; nem todos, porém, o sentem. ------------------------Capítulo 27 -- As duas coroas VE 161 1 Em uma visão que me foi concedida em Battle Creek, Michigan, a 25 de outubro de 1861, foi-me mostrada esta Terra, escura e triste. Disse o anjo: "Olha atentamente!" Então foi-me mostrado o povo sobre a Terra. Alguns estavam rodeados de anjos de Deus, outros se achavam em completas trevas, cercados de anjos maus. Vi um braço estendido do céu, segurando um cetro de ouro. Na extremidade superior do cetro havia uma coroa, cravejada de brilhantes. Cada brilhante emitia luz, fulgurante clara e bela. Inscritas na coroa havia estas palavras: "Todos os que me conquistam são felizes, e terão vida eterna." VE 161 2 Embaixo dessa coroa havia outro cetro, e sobre ele também outra coroa, em cujo centro havia jóias, ouro e prata refletindo alguma luz. A inscrição sobre a coroa era: "Tesouros terrestres. Riqueza é poder. Todos os que me conquistam têm honra e fama." Vi uma vasta multidão que porfiava por alcançar essa coroa. Faziam grande rumor. Alguns, em sua avidez, pareciam privados da razão. Empurravam-se uns aos outros, deixando para trás os mais fracos, pisando sobre os que, na pressa, caíam. Muitos avidamente se apoderavam dos tesouros que estavam na coroa, e os seguravam firmemente. A cabeça de alguns era branca como a prata, e seu rosto estava enrugado pelos cuidados e ansiedade. Não tomavam em consideração seus próprios parentes, ossos de seus ossos e carne da sua carne; mas, enquanto para eles eram lançados olhares súplices, mais firmemente seguravam seus tesouros, como se estivessem receosos de que num momento de descuido perdessem um pouco, ou fossem induzidos a reparti-los com eles. Seus olhares ávidos muitas vezes se fixavam na coroa terrestre, e contavam e recontavam seus tesouros. VE 162 1 Vultos que exprimiam necessidade e miséria, apareciam naquela multidão, olhavam cobiçosos os tesouros, e voltavam sem esperanças, visto que os mais fortes sobrepujavam e afastavam os mais fracos. Contudo não podiam assim desistir; mas, com uma multidão de deformados, doentes, idosos, procuravam avançar para a coroa terrestre. Alguns morriam ao tentar alcançá-la; outros sucumbiam precisamente no ato de se apoderarem dela. Muitos morriam, pouco depois que se haviam dela apossado. Cadáveres juncavam o solo; todavia a multidão avançava, pisando os que estavam caídos e o cadáver de seus companheiros. Cada um que atingia a coroa, adquiria parte nela, e era ruidosamente aplaudido pela multidão interessada que se achava em redor. VE 162 2 Uma grande multidão de anjos maus estava ocupadíssima. Satanás estava no meio deles, e todos olhavam com a maior satisfação para a multidão que lutava pela coroa. Ele parecia lançar um encanto particular sobre os que avidamente a buscavam. VE 162 3 Muitos que procuravam essa coroa terrestre eram cristãos professos. Alguns pareciam ter alguma luz. Olhavam interessados para a coroa celestial, e pareciam muitas vezes encantar-se com sua beleza, contudo não tinham o verdadeiro senso de seu valor e glória. Enquanto timidamente estendiam uma das mãos à coroa celeste, a outra estendiam-na avidamente à terrestre, decididos a possuí-la; e na sua diligência ansiosa por obter a terrestre, perdiam de vista a celeste. Ficavam em trevas, e mesmo assim andavam às apalpadelas, com ansiedade, buscando conseguir a coroa terrestre. VE 162 4 Alguns se desgostavam da multidão que a procurava tão veementemente; pareciam ter intuição de seu perigo, e dele se desviavam, e diligentemente buscavam a coroa celestial. O rosto desses logo mudava de escuro para claro, de triste para prazenteiro e cheio de santa alegria. VE 163 1 Vi então um grupo, comprimindo-se por entre a multidão, tendo os olhos atentamente fixos na coroa celestial. Enquanto com esforço procuravam caminho por entre a multidão desordenada, ajudavam-nos anjos, que abriam caminho para que avançassem. Aproximando-se eles da coroa celestial, a luz que dela provinha resplandecia sobre eles e em redor deles; afugentava as trevas, e tornava-se mais clara e brilhante, até que eles pareciam transformar-se e assemelhar-se aos anjos. Não se detinham em olhar para a coroa terrestre. Os que estavam se empenhando na conquista da coroa terrestre, escarneciam deles, e atiravam-lhes bolas pretas pelas costas. Essas não lhes faziam mal contanto que seus olhos se mantivessem fixos na coroa celestial; aqueles, porém, que volviam a atenção para as bolas negras, eram por elas manchados. Foi-me apresentado o seguinte texto: VE 163 2 "Não ajunteis tesouros na Terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." Mateus 6:19-24. VE 164 1 Então o que eu vira me foi explicado como segue: A multidão que tão avidamente se esforçava por alcançar a coroa terrestre, eram os que amam os tesouros deste mundo e se deixam enganar e lisonjear por suas efêmeras atrações. Alguns vi que, embora professem ser seguidores de Jesus, têm tanta ambição de obter os tesouros terrestres, que perdem o amor ao Céu, agem como o mundo, e por Deus são considerados mundanos. Professam buscar uma coroa imortal, um tesouro nos Céus; mas seu interesse e principal empenho é adquirir tesouros terrestres. Aqueles que têm seus tesouros neste mundo e amam suas riquezas, não podem amar a Jesus. Poderão supor que são justas e, ainda que com garras de avarento se apeguem a suas posses, não poderão ser levados a enxergar isso ou compreender que amam o dinheiro mais do que a causa da verdade ou o tesouro celeste. VE 164 2 "Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso." Mateus 6:23. Houve um momento na experiência de tais pessoas, em que a luz que lhes fora dada não foi mantida, e se tornou em trevas. Disse o anjo: "Não podeis amar e adorar os tesouros da Terra, e ter as verdadeiras riquezas." VE 164 3 Quando aquele jovem foi ter com Jesus e Lhe disse: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Marcos 10:17. Jesus lhe ofereceu esta escolha: Desfazer-se de suas posses e ter a vida eterna, ou reter aquelas e perder estas. Suas riquezas lhe eram de maior valor do que o tesouro celeste. A condição de desfazer-se de seus tesouros e dá-los aos pobres a fim de se tornar seguidor de Cristo e ter a vida eterna, esfriou-lhe o desejo, e ele se retirou, triste. VE 165 1 Aqueles que me foram apresentados como estando sequiosos pela coroa terrestre, são os que recorrerão a todos os meios para adquirir propriedades. Tornam-se doidos neste sentido. Todos os seus pensamentos e energias se dirigem para a aquisição de riquezas terrestres. Pisam os direitos de outrem, oprimem os pobres, e o jornaleiro em seu salário. Se podem ter vantagem sobre os que são mais pobres e menos sagazes, e assim agir de maneira a aumentar suas riquezas, não hesitarão um momento em oprimi-los, e mesmo vê-los levados à mendicidade. VE 165 2 Os homens encanecidos pela idade, e de rosto enrugado pelos cuidados, e que no entanto avidamente agarravam os tesouros de dentro da coroa, eram homens idosos, que poucos anos tinham diante de si. Contudo eram inflexíveis na defesa de seus tesouros terrestres. Quanto mais se aproximavam do túmulo, tanto mais ansiosos ficavam em apegar-se a eles. VE 165 3 Seus próprios parentes não eram beneficiados. Para economizar um pouco de dinheiro, consentiam que os membros de sua própria família trabalhassem além de suas forças. Não o empregavam para o bem dos outros, nem para o seu próprio bem. Bastava-lhes saber que o possuíam. Ao ser-lhes apresentado o dever de suprir as necessidades dos pobres e de sustentar a causa de Deus, ficavam desgostosos. Alegremente aceitariam o dom da vida eterna, mas não quereriam que lhes custasse coisa alguma. As condições são muito penosas. Mas Abraão, para tal fim não recusou o seu único filho. Em obediência a Deus, sacrificaria esse filho da promessa, mais facilmente do que muitos sacrificariam algumas de suas possessões terrestres. VE 166 1 Era doloroso verem-se aqueles que deveriam estar a amadurecer para a glória e a habilitar-se diariamente para a imortalidade, aplicando todas as suas forças na retenção de tesouros terrestres. Vi que esses tais não poderiam dar valor ao tesouro celestial. Seu apego intenso às coisas terrenas, leva-os a mostrar pelas suas obras que não estimam a herança celestial o bastante para por ela fazer qualquer sacrifício. O "jovem" manifestou vontade de guardar os mandamentos, contudo nosso Senhor lhe disse faltar alguma coisa. Desejava a vida eterna, mas amava mais as suas possessões. Muitos se enganam a si mesmos. Não buscam a verdade como se fosse um tesouro escondido. Não tiram o melhor partido possível de suas faculdades. Sua mente, que poderia iluminar-se com a luz do Céu, fica perplexa e perturbada. "Os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera." "Tais pessoas", disse o anjo, "estão sem desculpa." Vi a luz desvanecendo-se delas. Não desejavam compreender as solenes e importantes verdades para este tempo, e achavam que estavam bem sem as compreender. A luz se foi deles, e ficaram às apalpadelas, em trevas. VE 167 2 A multidão dos deformados e doentes que se comprimia para alcançar a coroa terrestre são aqueles cujos interesses e tesouros estão neste mundo. Conquanto de todos os modos sofram desenganos, não colocarão suas afeições no Céu, nem assegurarão para si naquele lugar um tesouro e um lar. Fracassam na busca das coisas terrestres, e no entanto perdem as celestiais enquanto pelejam por aquelas. Apesar do desengano, vida infeliz e morte daqueles que puseram todo o seu empenho na obtenção de riquezas terrestres, outros seguem o mesmo caminho. Atiram-se doidamente, sem tomar em consideração o fim miserável daqueles cujo exemplo estão seguindo. VE 167 1 Os que alcançaram a coroa e nela obtiveram parte, tendo por isso sido aplaudidos, são aqueles que conseguem o que constitui o único objetivo de sua vida: riquezas. Recebem a honra que o mundo confere aos que são ricos. Têm influência no mundo. Satanás e seus anjos maus estão satisfeitos. Sabem que esses são certamente deles, e que enquanto viverem em rebelião contra Deus, são poderosos agentes de Satanás. VE 167 2 Os que se desgostaram com a multidão que clamava pela coroa terrestre, são aqueles que notaram a vida e o fim de todos os que se esforçam por conseguir riquezas terrestres. Vêem que esses tais nunca estão satisfeitos, mas são infelizes; assustam-se e se separam daquela classe infeliz, e procuram as riquezas verdadeiras e duráveis. VE 167 3 Quanto àqueles que forçam por passar através da multidão a fim de obter a coroa celeste, auxiliados pelos santos anjos, foi-me mostrado serem o fiel povo de Deus. Os anjos os conduzem, e eles são inspirados com zelo a fim de se esforçarem para prosseguir na aquisição do tesouro celeste. VE 167 4 As bolas pretas que eram atiradas às costas dos santos, eram as falsidades infamantes postas em circulação contra o povo de Deus, por aqueles que amam e praticam a mentira. Deveríamos ter o máximo cuidado em viver vida irrepreensível, e abster-nos de toda aparência do mal; e então é nosso dever avançar destemidamente, sem dar atenção às faculdades degradantes dos ímpios. Enquanto os justos mantiverem os olhares fixos no tesouro celeste e inapreciável, tornar-se-ão mais e mais semelhantes a Cristo, e assim estarão transformados e dispostos para a trasladação. ------------------------Capítulo 28 -- O espiritismo moderno VE 168 1 Em 24 de agosto de 1850, vi que as "pancadas misteriosas" eram o poder de Satanás; parte delas procedia diretamente dele, e outra, indiretamente, mediante seus agentes, mas tudo provinha de Satanás, que executava sua obra de diferentes maneiras. No entanto muitos na igreja e no mundo estavam envoltos em tão densas trevas, que julgavam e sustentavam ser o poder de Deus. Disse o anjo: "Não recorrerá um povo ao seu Deus? A favor dos vivos interrogar-se-ão os mortos?" Isaías 8:19-20. Hão de os vivos recorrer aos mortos em busca de informações? Os mortos nada sabem. Para saber acerca do Deus vivo, ides aos mortos? Afastaram-se do Deus vivo para falar com os mortos que nada sabem. VE 168 2 Vi que logo seria considerado blasfêmia falar contra as pancadas, que isso se espalharia mais e mais, o poder de Satanás aumentaria, e alguns de seus dedicados seguidores teriam poder para operar milagres, e mesmo fazer descer fogo do céu à vista dos homens. Foi-me mostrado que, por essas pancadas e pelo magnetismo, esses mágicos modernos procurariam ainda explicar todos os milagres operados por nosso Senhor Jesus Cristo, e muitos creriam que todas as poderosas obras do Filho de Deus, realizadas quando esteve na Terra, foram executadas pelo mesmo poder. Foi-me dirigida a atenção para o tempo de Moisés, e vi os sinais e maravilhas que Deus operara por meio dele diante de Faraó, a maioria dos quais foi imitada pelos mágicos do Egito; e que, justamente antes do livramento final dos santos, Deus iria operar poderosamente em prol de Seu povo, e seria permitido a estes mágicos modernos imitar a obra de Deus. VE 170 1 Breve virá esse tempo, e teremos de segurar firmemente os fortes braços de Jeová, pois todos esses grandes sinais e poderosas maravilhas do diabo se destinam a enganar o povo de Deus e derrotá-lo. Nossa mente precisa fixar-se em Deus, e não devemos temer o temor dos ímpios, isto é, temer o que temem, e reverenciar o que reverenciam; antes, devemos ser esforçados e corajosos em prol da verdade. Se nossos olhos se abrissem, veríamos em nosso redor os anjos maus procurando inventar alguma nova maneira de molestar-nos e destruir-nos. E também veríamos anjos de Deus guardando-nos do poder daqueles; pois os olhos vigilantes de Deus estão sempre sobre Israel, para o seu bem; e Ele protegerá e salvará Seu povo, se este nEle puser sua confiança. Quando o inimigo vier como uma inundação, o Espírito do Senhor levantará uma bandeira contra ele. VE 170 2 Disse o anjo: "Lembra-te de que estás em terreno encantado." Vi que devemos vigiar e cingir-nos de toda a armadura, tomar o escudo da fé, e então estaremos aptos para ficar em pé, e os dardos inflamados do maligno não nos poderão ferir. ------------------------Capítulo 29 -- Ciladas de Satanás VE 171 1 Vi que Satanás mandou seus anjos armar ciladas especialmente contra aqueles que estavam esperando o segundo aparecimento de Cristo e guardando todos os mandamentos de Deus. Satanás disse aos seus anjos que as igrejas estavam dormindo. Ele aumentaria seu poder e prodígios de mentira, e assim as poderia reter. "Mas", disse ele, "odiamos a seita dos observadores do sábado; eles estão continuamente trabalhando contra nós, e tirando-nos os súditos, para guardar a odiada lei de Deus. Ide, e fazei com que os possuidores de terras e dinheiro se encham de cuidados. Se puderdes fazê-los colocar as afeições nessas coisas, ainda os reteremos. Poderão professar o que quiserem, tão-somente fazei-os cuidar mais do dinheiro que do êxito do reino de Cristo ou da disseminação das verdades que odiamos. Apresentai-lhes o mundo em sua forma mais atrativa, para que o amem e idolatrem. VE 171 2 Devemos conservar em nossas fileiras todos os meios de que pudermos dispor. Quanto mais recursos os seguidores de Cristo dedicarem a Seu serviço, tanto mais prejudicarão o nosso reino, arrebatando-nos os súditos. Quando celebram reuniões em vários lugares, estamos em perigo. Sede muito diligentes, pois. Promovei perturbação e confusão se for possível. Destruí o amor de uns para com os outros. Desanimai e enfraquecei seus pastores; pois nós os odiamos. Apresentai toda desculpa plausível àqueles que têm meios, para que não os entreguem. Intrometei-vos no assunto de dinheiro, se puderdes, e compeli seus ministros às necessidades e aflições. Isso lhes enfraquecerá o ânimo e o zelo. Batei-vos por todo palmo de terreno. Fazei que a cobiça e o amor às coisas terrestres sejam o traço predominante de seu caráter. Enquanto predominarem estes traços, a salvação e a graça estarão para trás. VE 171 3 Reuni todas as atrações em redor deles, e serão certamente nossos. E não somente disso temos certeza a respeito deles, mas também sua odiosa influência não será exercida no sentido de guiar outros ao Céu. Quando alguns tentarem dar, infundi-lhes o sentimento de avareza, para que seja mesquinha a oferta." VE 172 1 Vi que Satanás executa bem seus planos. Logo que os servos de Deus projetam fazer reuniões, ele está com seus anjos a postos para impedir a obra. Constantemente está a pôr sugestões na mente do povo de Deus. Leva alguns de uma maneira, outros de outra, tirando sempre partido das más características dos irmãos e irmãs, provocando e incitando-lhes as fraquezas naturais. Se têm disposições para o egoísmo e a cobiça ele se coloca a seu lado, e com todo o seu poder procura levá-los a condescender com esses pecados que os assediam. A graça de Deus e a luz da verdade podem por um momento desfazer-lhes os sentimentos avaros e egoístas, mas se não alcançam completa vitória, Satanás vem, quando não se acham sob a influência salvadora, e cresta todo princípio nobre e generoso, e eles julgam que é demasiado o que se requer deles. Ficam cansados de fazer o bem, e esquecem-se do grande sacrifício que Jesus fez para remi-los do poder de Satanás e da irremediável miséria. VE 172 2 Satanás tirou vantagem da disposição cobiçosa e egoísta de Judas, e o levou a murmurar quando Maria derramou sobre Jesus o ungüento precioso. Judas considerou isso como um grande desperdício, e declarou que o ungüento poderia ter sido vendido, e o dinheiro dado aos pobres. Ele não se incomodava com os pobres, mas considerava extravagante a oferta liberal feita a Jesus. Judas avaliava o seu Mestre em tão pouco, que O vendeu por algumas moedas de prata. Vi existirem alguns semelhantes a Judas entre os que professam esperar o seu Senhor. Satanás os governa sem que o saibam. VE 172 3 Deus não pode aprovar a menor manifestação de cobiça ou egoísmo, e aborrece as orações e exortações dos que condescendem com estes maus traços de caráter. Sabendo que seu tempo é breve, Satanás leva os homens a se tornarem mais e mais egoístas e avaros, e então exulta ao vê-los entretidos consigo mesmos, mesquinhos, miseráveis, egoístas. Se os olhos dessas pessoas pudessem abrir-se, veriam Satanás em triunfo infernal, exultando sobre eles, e rindo-se da loucura dos que lhe aceitam as sugestões e caem em suas ciladas. VE 174 1 Satanás e seus anjos notam todos os atos vis e mesquinhos dessas pessoas, e os apresentam a Jesus e a Seus santos anjos, dizendo em tom de censura: "São estes os seguidores de Cristo! Estão-se preparando para serem trasladados!" Compara o procedimento deles com passagens das Escrituras em que esse procedimento é claramente reprovado, e então faz zombaria diante dos anjos celestiais, dizendo: "São estes os seguidores de Cristo e de Sua Palavra! São estes os frutos do sacrifício e redenção de Cristo!" Anojados, os anjos se desviam dessa cena. VE 174 2 Deus requer da parte de Seu povo ação constante; e, quando este se cansa de fazer o bem, Ele se cansa deles. Vi que Se desagrada grandemente com a mínima manifestação de egoísmo por parte de Seu povo professo, por quem Jesus não poupou Sua preciosa vida. Toda pessoa egoísta e cobiçosa, cairá no percurso do caminho. Semelhantemente a Judas que vendeu seu Senhor, eles venderão os bons princípios e uma disposição nobre e generosa por um pouco dos ganhos da Terra. Todos estes serão por assim dizer joeirados, sendo excluídos do povo de Deus. Os que ambicionam o Céu, devem, com toda a energia que possuem, alimentar os princípios do Céu. Em vez de definhar pelo egoísmo, sua alma deveria expandir-se pela benevolência. Dever-se-ia aproveitar toda oportunidade para fazer o bem, uns para com os outros, acariciando assim os princípios do Céu. Jesus me foi apresentado como modelo perfeito. Sua vida era destituída de interesse egoísta, e caracterizava-se sempre por uma benevolência desinteressada. ------------------------Capítulo 30 -- A sacudidura VE 175 1 Vi alguns com forte fé e clamores agonizantes a lutar com Deus. Seu rosto estava pálido e apresentava sinais de profunda ansiedade, que exprimia a sua luta íntima. Firmeza e grande fervor estampavam-se em seu rosto; grandes gotas de suor lhes caíam da fronte. De quando em quando, o seu semblante se iluminava com os sinais da aprovação divina, e novamente o mesmo aspecto severo, grave e ansioso lhes voltava. VE 175 2 Anjos maus se juntavam em redor, projetando trevas sobre eles para excluir Jesus de sua vista e para que seus olhos se volvessem para as trevas que os cercavam, e assim fossem levados a duvidar de Deus e murmurar contra Ele. Sua única segurança consistia em conservar os olhos voltados para cima. Anjos de Deus tinham o encargo de velar sobre o Seu povo; e, enquanto a empestada atmosfera de anjos maus pesava sobre os que estavam ansiosos, os anjos celestiais continuamente agitavam as asas sobre eles a fim de dissipar as densas trevas. VE 175 3 Enquanto os que assim oravam, prosseguiam com seus ansiosos clamores, por vezes lhes vinha um raio de luz, procedente de Jesus, para lhes reanimar o coração e iluminar o rosto. Alguns, eu vi, não participavam dessa agonia e lutas. Pareciam indiferentes e descuidosos. Não se opunham às trevas que os rodeavam, e estas os envolviam semelhantes a uma nuvem densa. Os anjos de Deus deixavam estes e iam em auxílio dos que se afligiam e oravam. Vi anjos de Deus apressarem-se para assistir a todos os que lutavam com suas forças todas a fim de resistir aos anjos maus, e procuravam auxílio, clamando a Deus com insistência. Os anjos de Deus, porém, abandonavam os que não faziam esforços para conseguir auxílio, e eu os perdia de vista. VE 176 1 Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha Verdadeira à igreja de Laodicéia. Isso produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto, e se levantarão contra ele, e isso é o que determinará a sacudidura entre o povo de Deus. VE 176 2 Vi que o testemunho da Testemunha Verdadeira não teve a metade da atenção que deveria ter. O solene testemunho de que depende o destino da igreja tem sido apreciado de modo leviano, se não desatendido de todo. Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade lhe obedecerão e serão purificados. VE 176 3 Disse o anjo: "Escutai!" Logo ouvi uma voz semelhante a muitos instrumentos musicais, soando todos em perfeitos acordes, suaves e harmônicos. Ultrapassava toda música que eu já ouvira, parecendo estar repleta de misericórdia, compaixão, e alegria enobrecedora e santa. Ela me penetrou todo o ser. Disse o anjo: "Olha!" Minha atenção foi então dirigida ao grupo que eu vira e estava sendo fortemente sacudido. Foram-me mostrados os que eu antes vira a chorar e a orar com agonia de espírito. A multidão de anjos da guarda em seu redor fora duplicada, e estavam revestidos de uma armadura da cabeça aos pés. Marchavam em perfeita ordem, semelhantes a um grupo de soldados. Seu rosto expressava o tremendo conflito que haviam travado, a luta angustiosa por que haviam passado. Contudo, seu rosto, antes assinalado pela severa angústia íntima, resplandecia agora com a luz e glória do Céu. Haviam alcançado a vitória, e esta provocava neles a mais profunda gratidão, e alegria santa e piedosa. VE 177 1 Diminuíra o número dos que faziam parte deste grupo. Ao serem sacudidos, alguns tinham sido jogados fora do caminho. Os descuidosos e indiferentes, que não se uniam com os que prezavam suficientemente a vitória e a salvação, para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as alcançaram e foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que aceitavam a verdade e a ela se filiavam. Anjos maus se lhes agrupavam ainda ao redor, mas sobre eles não tinham poder. VE 177 2 Ouvi os que estavam revestidos da armadura falar sobre a verdade com grande poder. Isso produzia efeito. Muitos tinham sido amarrados; algumas mulheres pelos maridos, e crianças por seus pais. Os honestos que tinham sido impedidos de ouvir a verdade, agora avidamente a ela aderiam. Fora-se todo o receio de seus parentes, e somente a verdade lhes parecia sublime. Haviam estado com fome e sede da verdade; esta lhes era mais querida e preciosa do que a vida. Perguntei o que havia operado essa grande mudança. Um anjo respondeu: "Foi a chuva serôdia, o refrigério pela presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo." VE 177 3 Grande poder possuíam estes escolhidos. Disse o anjo: "Olha!" Minha atenção foi dirigida para os ímpios, ou incrédulos. Estavam todos em grande agitação. O zelo e poder do povo de Deus havia-os despertado e enraivecido. Havia confusão de todos os lados. Vi que tomavam medidas contra a multidão que tinha a luz e o poder de Deus. As trevas intensificavam-se em redor deles; no entanto permaneciam firmes, aprovados por Deus, e nEle confiantes. Eu os vi perplexos; a seguir ouvi-os clamando ardorosamente a Deus. Dia e noite não cessava seu clamor: "Seja feita, ó Deus, Tua vontade! Se for para glorificar Teu nome, promove um meio para o livramento de Teu povo! Livra-nos dos ímpios que nos rodeiam. Eles nos destinaram à morte; mas Teu braço pode trazer salvação." Estas são todas as palavras que posso lembrar. Todos pareciam ter profunda intuição de sua indignidade, e manifestavam completa submissão à vontade de Deus; e, não obstante, como Jacó, cada um deles, sem exceção, pleiteava e lutava ardorosamente por livramento. VE 178 1 Logo depois que haviam começado seu ansioso clamor, os anjos, movidos de simpatia, quiseram ir em seu livramento. Mas um anjo alto, imponente, não lhes consentiu. Disse ele: "A vontade de Deus não se cumpriu ainda. Eles devem beber do cálice. Devem ser batizados com o batismo." VE 178 2 Logo ouvi a voz de Deus, que abalou os céus e Terra. Houve forte terremoto. Os edifícios desmoronavam de todos os lados. Ouvi então uma triunfante aclamação de vitória, retumbante, melodiosa e límpida. Olhei para a multidão que pouco tempo antes estivera naquela angústia e escravidão. Seu cativeiro havia cessado. Uma gloriosa luz resplandecia sobre eles. Quão belo era então o seu parecer! Todos os sinais de cuidados e cansaço haviam desaparecido, e viam-se de novo saúde e beleza em cada semblante. Seus inimigos, os ímpios em redor deles, caíram como mortos; não podiam suportar a luz que brilhava sobre os que haviam tido livramento e eram santos. Essa luz e glória permaneceram sobre eles, até que Jesus foi visto nas nuvens do céu, e o grupo fiel e provado foi num momento, num abrir e fechar de olhos, transformado de glória em glória. E abriram-se as sepulturas, e os santos saíram revestidos de imortalidade, exclamando: "Vitória sobre a morte e a sepultura!"; e juntamente com os santos vivos foram arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares, enquanto profusas e melodiosas aclamações de júbilo e vitória eram proferidas por todo lábio imortal. ------------------------Capítulo 31 -- Viajando pelo caminho estreito VE 179 1 Enquanto estive em Battle Creek, Michigan, em agosto de 1868, sonhei que estava com uma grande multidão. Parte daquela assembléia apresentou-se para viajar. Tínhamos carroças abarrotadas. Caminhando nós, a estrada parecia subir. De um lado havia um profundo precipício; e do outro, uma muralha alta, lisa e branca. ... VE 179 2 À medida que avançávamos, a estrada se tornava mais estreita e íngreme. Nalguns lugares parecia tão estreita que concluímos não mais poder viajar com as carroças carregadas. Desatrelamos os animais para, com parte da bagagem, prosseguir a viagem a cavalo. VE 179 3 Prosseguindo nós, o caminho continuava ainda a estreitar-se. Fomos obrigados a andar junto à muralha, para não cair do caminho estreito ao precipício. Fazendo isso, a bagagem sobre os cavalos apertava-se de encontro à parede e nos compelia para o precipício. Receávamos cair e ser despedaçados nas rochas. Retiramos a bagagem de sobre os cavalos e ela tombou no precipício. Continuamos a cavalo, receando grandemente que, ao chegar aos lugares mais estreitos do caminho, perdêssemos o equilíbrio e caíssemos. Em tais ocasiões, uma mão parecia tomar as rédeas e guiar-nos pelo perigoso caminho. VE 180 1 Tornando-se o caminho mais estreito, vimos que não mais seria possível ir com segurança a cavalo; deixamo-los e prosseguimos a pé, em fileira, um seguindo as pegadas do outro. Neste ponto apareceram pequenas cordas que caíam do alto da alvíssima muralha; estas foram avidamente agarradas por nós para nos ajudarem a manter o equilíbrio no caminho. Enquanto caminhávamos, a corda prosseguia conosco. O caminho se tornou finalmente tão estreito que concluímos poder viajar com maior segurança sem o calçado; assim, descalçamo-nos e fomos certa distância. Logo decidimos que poderíamos viajar com mais segurança sem meias; estas foram tiradas e viajamos descalços. VE 181 1 Pensamos então naqueles que se não haviam acostumado com privações e dificuldades. Onde estavam esses tais agora? Não se achavam na multidão. Em cada mudança que se fazia, alguns eram deixados atrás, e apenas permaneciam aqueles que se haviam acostumado a suportar dificuldades. As privações do caminho apenas faziam com que estes se tornassem mais ávidos de avançar até ao fim. VE 181 2 Aumentou o nosso perigo de cair do caminho. Comprimíamos junto à muralha branca, e não podíamos nem assentar bem os pés no caminho; pois era estreito demais. Apoiamos então quase todo o nosso peso nas cordas, exclamando: "Temos apoio de cima! Temos apoio de cima!" As mesmas palavras foram proferidas pela multidão toda, no caminho estreito. VE 182 1 Estremecíamos ao ouvir o rumor de folgança e orgia, que pareciam vir do abismo. Ouvimos o juramento profano, a galhofa banal, e cânticos baixos e vis. Ouvi o cântico de guerra, e a canção de dança. Ouvi música instrumental e altas gargalhadas de mistura com pragas, gritos de angústia e pranto amargurado, e ficamos mais ansiosos do que nunca por nos conservar no caminho estreito e difícil. Grande parte do tempo éramos obrigados a ficar com todo o nosso peso suspenso das cordas, que aumentavam de tamanho enquanto prosseguíamos. VE 182 2 Notei que a bela parede branca estava manchada de sangue. Dava um sentimento de pena ver-se a parede assim manchada. Este sentimento, porém, não durou senão um momento, visto que logo achei que tudo era como deveria ser. Os que vêm seguindo atrás saberão que, antes deles, outros passaram pelo caminho estreito e difícil, e concluirão que, se outros foram capazes de vencer, eles próprios poderão fazer o mesmo. E, ao sangrarem seus pés doloridos, não desfalecerão de desânimo; antes, vendo o sangue na parede, saberão que outros suportaram a mesma dor. VE 183 1 Chegamos finalmente a um grande despenhadeiro, onde terminava o nosso caminho. Nada havia agora para nos guiar os pés, nada em que pudéssemos repousar. Devíamos então depender inteiramente das cordas, que tinham aumentado até ao tamanho de nosso corpo. Ali estivemos por algum tempo imersos em perplexidade e angústia. Indagamos em tímido cochicho: "Em que estará presa a corda?" Meu esposo estava precisamente diante de mim. Grandes gotas de suor caíam-lhe do rosto, as veias de seu pescoço e têmporas haviam crescido tanto que atingiam duas vezes seu volume usual, e seus gemidos abafados e agonizantes eram ouvidos. O suor caía-me do rosto, e eu experimentava uma angústia tal como ainda não havia provado. Terrível luta estava diante de nós. Fracassássemos ali, e todas as dificuldades de nossa jornada teriam sido passadas em vão. VE 183 2 Diante de nós, do outro lado do precipício, havia um belo campo de relva verde, de aproximadamente quinze centímetros de altura. Eu não podia ver o Sol; mas raios de luz, brilhantes e suaves, assemelhando-se ao ouro e à prata fina, rasteavam o campo. Coisa alguma que eu houvesse visto sobre a Terra poderia comparar-se em beleza e glória com esse campo. Mas ser-nos-ia possível alcançá-lo? -- essa era a ansiosa indagação. Se a corda se partisse, haveríamos de perecer. Outra vez em angustioso cochicho, foram sussurradas estas palavras: "Em que estará presa a corda?" VE 184 1 Por alguns momentos hesitamos em nos arriscar. Então exclamamos: "Nossa única esperança está em confiar inteiramente na corda. Dela temos dependido em todo o caminho difícil. Ela não falhará agora." Ainda estávamos hesitantes e angustiados. Foram então proferidas estas palavras: "Deus segura a corda. Não devemos temer." Estas palavras foram então repetidas por aqueles que estavam atrás de nós, e acompanhadas destas outras: "Ele não nos faltará agora. Trouxe-nos até aqui em segurança." VE 184 2 Meu marido deu então um salto por sobre o assustador abismo ao belo campo além. Eu segui imediatamente. Oh, que sensação de alívio e gratidão para com Deus experimentamos! Ouvi levantarem-se vozes em louvor triunfal a Deus. Eu era feliz, perfeitamente feliz. VE 184 3 Despertei, e vi que, pela ansiedade que experimentara ao passar pelo caminho difícil, todos os meus nervos pareciam estar a tremer. Esse sonho não necessita de comentário. Produziu-me uma impressão tal que provavelmente cada minúcia permanecerá vívida diante de mim enquanto minha memória perdurar. ------------------------Capítulo 32 -- Preparação para a hora do juízo VE 185 1 "Então me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Fazei chegar os intendentes da cidade, cada um com suas armas destruidoras na mão." Ezequiel 9:1. VE 185 2 "E clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele, e feri: não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais. Matai velhos, mancebos e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo Meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa." Ezequiel 9:3-6. VE 185 3 Jesus está prestes a deixar o propiciatório do santuário celestial, a fim de envergar vestes de vingança, e derramar Sua ira em juízo sobre aqueles que não corresponderam à luz que Deus lhes deu. "Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal." Eclesiastes 8:11. Em vez de se enternecerem pela paciência e longanimidade que o Senhor tem exercido para com eles, os que não temem a Deus nem amam a verdade, fortalecem o coração no mau caminho. Há, porém, limites até para a longanimidade de Deus, e muitos estão ultrapassando tais limites. Sobrepujaram os limites da graça, e portanto Deus deve intervir e reivindicar Sua honra. VE 186 1 Disse o Senhor acerca dos amorreus: "E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está cheia." Gênesis 15:16. Posto que esta nação se salientasse por sua idolatria e corrupção, não havia contudo enchido a taça de sua iniqüidade, e Deus não queria dar a ordem para sua completa destruição. O povo deveria ver o poder divino manifestado de maneira assinalada, para que ficasse sem desculpa. O compassivo Criador desejava suportar-lhes a iniqüidade até à quarta geração. Então, se não se visse mudança para melhor, Seus juízos cairiam sobre eles. VE 186 2 Com infalível precisão, o Ser infinito ainda mantém, por assim dizer, uma conta com todas as nações. Enquanto Sua misericórdia se enternecer com convites ao arrependimento, esta conta permanecerá aberta; quando, porém, os algarismos atingem um certo total que Deus fixou, começa o ministério de Sua ira. Encerra-se a conta. Cessa a paciência divina. Não mais há intercessão de misericórdia a favor delas. ... VE 186 3 A crise aproxima-se rapidamente. Quase é vindo o tempo da visitação de Deus. Conquanto Lhe repugne castigar, não obstante castigará, e isto presto. Aqueles que andam na luz verão sinais do perigo que se aproxima; mas não deverão sentar-se em silenciosa e despreocupada expectativa, conformando-se com a crença de que Deus abrigará Seu povo no dia da visitação. Longe disso, deverão compreender que é seu dever trabalhar diligentemente para salvar outros, esperando, com grande fé, auxílio da parte de Deus. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tiago 5:16. VE 186 4 O fermento da piedade não perdeu inteiramente seu poder. Na ocasião em que maiores são o perigo e a crise da igreja, o pequeno exército que permanece na luz estará suspirando e clamando por causa das abominações cometidas na Terra. Mais especialmente, porém, suas orações subirão em favor da igreja, porque seus membros estão agindo segundo a maneira do mundo. VE 187 1 As fervorosas orações desses poucos fiéis, não serão em vão. Quando vier o Senhor para exercer vingança, virá também como protetor de todos os que conservaram pureza de fé, e se guardaram incontaminados do mundo. É nessa ocasião que Deus prometeu vingar Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora Ele Se demore em defendê-los. VE 187 2 O dia da vingança de Deus está precisamente diante de nós. O selo de Deus será colocado somente na testa daqueles que suspiram e clamam por causa das abominações cometidas na Terra. Aqueles que se ligam ao mundo por laços de simpatia, estão comendo e bebendo com os ébrios, e certamente serão destruídos com os que praticam a iniqüidade. "Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos ao seu clamor. A face do Senhor está contra os que fazem o mal." Salmos 34:15-16. VE 187 3 Nossa maneira de proceder determinará se receberemos o selo do Deus vivo, ou seremos abatidos pelas armas destruidoras. Já algumas gotas da ira de Deus caíram sobre a Terra; quando, porém, as sete últimas pragas forem derramadas sem mistura no cálice de Sua indignação, então para sempre será demasiado tarde para o arrependimento e procura de um abrigo. Nenhum sangue expiatório lavará então as manchas do pecado. VE 187 4 "E naquele tempo Se levantará Miguel, o grande Príncipe, que Se levanta pelos filhos do Teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o Teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro." Daniel 12:1. Quando vier esse tempo de angústia, todo caso estará decidido; não mais haverá graça, nem misericórdia para o impenitente. O selo do Deus vivo estará sobre o Seu povo. VE 188 1 Esses poucos remanescentes, incapazes de se defenderem no conflito mortal com os poderes da Terra arregimentados pelo exército do dragão, fazem de Deus a sua defesa. Pela mais elevada autoridade terrestre foi feito o decreto para que, sob pena de perseguição e morte, adorem a besta e recebam seu sinal. Queira Deus auxiliar Seu povo agora, pois sem Sua assistência, que poderão eles fazer naquele tempo, em tão terrível conflito? VE 188 2 Ânimo, fortaleza, fé e implícita confiança no poder de Deus para salvar não nos vêm num instante. Estas graças celestiais são adquiridas pela experiência dos anos. Por uma vida de santo esforço e firme apego à retidão, os filhos de Deus estiveram selando o seu destino. Assediados de inúmeras tentações, souberam que deveriam resistir firmemente ou ser vencidos. Compreenderam que tinham uma grande obra para fazer, e em qualquer momento poderiam ser chamados a depor sua armadura; e se chegassem ao final de sua vida com seu trabalho inacabado, isso significaria perda eterna. Aceitaram avidamente a luz do Céu, como fizeram os primeiros discípulos, dos lábios de Jesus. Quando esses primitivos cristãos foram exilados para as montanhas e desertos; quando abandonados em masmorras para morrer de fome, de frio, ou pela tortura; quando o martírio parecia ser o único caminho para saírem de sua angústia, regozijaram-se de que fossem considerados dignos de sofrer por amor de Cristo, que por eles foi crucificado. Seu digno exemplo será um conforto e animação para o povo de Deus, que passará por um tempo de angústia tal como nunca houve. VE 189 1 Nem todos que professam guardar o sábado serão selados. Muitos há, mesmo entre os que ensinam a verdade a outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não tiveram as obras correspondentes. Aqueles que estiveram tão familiarizados com as profecias e com os tesouros da sabedoria divina, deveriam ter agido de conformidade com sua fé. Deveriam ter dirigido sua casa segundo os mesmos princípios, para que por meio de uma família bem ordenada pudessem apresentar ao mundo a influência da verdade no coração humano. VE 189 2 Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda a contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá sobre nós, como caiu a temporã sobre os discípulos no dia de Pentecoste. VE 189 3 Satisfazemo-nos muito facilmente com nossas realizações. Sentimo-nos ricos e acrescidos de bens, e não sabemos que somos desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus. Apocalipse 3:17. Hoje é o tempo para atender à admoestação da Testemunha Verdadeira: "Aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." Apocalipse 3:18. VE 189 4 Devemos nesta vida enfrentar terríveis provas e fazer dispendiosos sacrifícios, mas a paz de Cristo é a recompensa. Tem havido tão pouca abnegação, tão pouco sofrimento por amor a Cristo, que a cruz é quase inteiramente esquecida. Devemos ser co-participantes de Cristo em Seus sofrimentos, se quisermos sentar-nos em triunfo com Ele em Seu trono. Enquanto preferirmos o caminho fácil da condescendência própria, e nos amedrontarmos com a abnegação, nunca se firmará a nossa fé, e não poderemos conhecer a paz de Jesus nem a alegria que provêm do sentimento da vitória. Os mais exaltados daquela multidão de resgatados que estão em pé diante do trono de Deus e do Cordeiro, vestidos de branco, conhecem a luta necessária para vencer, pois vieram de grande tribulação. Aqueles que se renderam às circunstâncias em vez de empenhar-se neste conflito não saberão como ficar em pé naquele dia em que haverá angústia em toda alma. E ainda que Noé, Jó e Daniel estivessem na Terra, não poderiam salvar nem filho nem filha, pois cada um deve livrar sua alma por sua própria justiça. VE 190 1 Ninguém necessita dizer que não há esperança para o seu caso, e que não pode viver a vida de cristão. Mediante a morte de Cristo, amplas providências foram tomadas em favor de cada alma. Jesus é o nosso auxílio sempre presente em tempo de necessidade. Se tão-somente apelamos a Ele pela fé, Ele prometeu ouvir nossas petições e a elas atender. VE 190 2 Sim, fé viva e eficaz! Dela necessitamos; devemos possuí-la ou desfaleceremos e fracassaremos no dia da prova. As trevas que então hão de cair em nosso caminho não nos deverão desanimar nem levar ao desespero. É o véu com que Deus cobre Sua glória, ao vir Ele para comunicar Suas ricas bênçãos. Deveríamos saber isso por nossa experiência passada. No dia em que Deus tiver uma contenda com o Seu povo, essa experiência será uma fonte de conforto e esperança. VE 190 3 É agora que devemos conservar-nos e a nossos filhos incontaminados do mundo. É agora que devemos lavar as vestes de nosso caráter, tornando-as alvas no sangue do Cordeiro. Agora é que devemos vencer o orgulho, as paixões, e a indolência espiritual. Agora é que devemos despertar e fazer decididos esforços para dar simetria ao nosso caráter. "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração." Hebreus 4:7. Encontramo-nos em situação muitíssimo probante, esperando e aguardando o aparecimento de nosso Senhor. O mundo está em trevas. "Mas vós, irmãos", diz Paulo, "já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão." 1 Tessalonicenses 5:4. Sempre foi propósito de Deus tirar das trevas luz, da tristeza alegria, do cansaço descanso, para serem fruídos pela alma expectante, e anelante. VE 191 1 Que estais fazendo, irmãos, na grande obra de preparação? Os que se estão unindo com o mundo, estão-se ajustando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que desconfiam do eu, humilham-se diante de Deus e purificam a alma pela obediência à verdade, estão recebendo o molde divino e preparando-se para receber na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade. VE 191 2 Agora é o tempo de prepararmos. O selo de Deus jamais será colocado à testa de um homem ou mulher impuros. Jamais será colocado à testa de um homem ou mulher cobiçosos ou amantes do mundo. Jamais será colocado à testa de homens ou mulheres de língua falsa ou coração enganoso. Todos os que recebem o selo devem ser imaculados diante de Deus -- candidatos para o Céu. Pesquisai as Escrituras por vós mesmos, para que possais compreender a terrível solenidade do tempo presente. ------------------------Capítulo 33 -- Organização e desenvolvimento VE 192 1 Faz já quarenta anos que foi introduzida a organização entre nós, como um povo. Fiz parte daqueles que tiveram experiência ao estabelecê-la desde o principio. Conheço as dificuldades que tiveram de ser enfrentadas, os males que ela se destina a corrigir, e tenho notado sua influência em relação com o crescimento da causa. Na fase inicial da obra, Deus nos deu luz especial sobre este ponto, e esta luz, juntamente com as lições que a experiência nos ensinou, deveria ser tida em cuidadosa consideração. VE 192 2 Desde o início, nossa obra teve caráter empreendedor. Reduzido era o nosso número, e em sua maior parte procedente das classes pobres. Nossas idéias eram quase desconhecidas do mundo. Não tínhamos casas de culto, possuíamos poucas publicações, e reduzidíssimas facilidades para levar avante a nossa obra. As ovelhas estavam esparsas pelas estradas e caminhos, nas cidades, aldeias e matas. Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus eram a nossa mensagem. Unidade de fé e de doutrina VE 192 3 Meu esposo, juntamente com os Pastores José Bates, Stephen Pierce, Hiran Edson e outros que eram fervorosos, nobres e fiéis, estava entre os que, depois da passagem do tempo em 1844, buscaram a verdade como a um tesouro escondido. VE 192 4 Reuníamo-nos sentindo angústia de alma, a fim de orar para que fôssemos um na fé e doutrina; pois sabíamos que Cristo não está dividido. Cada vez tomávamos um ponto para assunto de nosso estudo. Abriam-se as Escrituras com sentimento de temor. Jejuávamos freqüentemente, a fim de pôr-nos em melhor disposição para compreender a verdade. Se depois de fervorosa oração, não compreendíamos algum ponto, o discutíamos, e cada qual exprimia livremente sua opinião. De novo então nos curvávamos em oração, e ardentes súplicas ascendiam ao Céu para que Deus nos ajudasse a ver de uma mesma maneira, para que fôssemos um, como Cristo e o Pai são um. Muitas lágrimas eram derramadas. VE 193 1 Assim passávamos muitas horas. Algumas vezes passávamos a noite toda em solene verificação das Escrituras, para compreender a verdade para o nosso tempo. Em algumas ocasiões o Espírito de Deus descia sobre mim, e porções difíceis eram esclarecidas pelo modo indicado por Deus, e havia então perfeita harmonia. Éramos todos de um mesmo pensamento e espírito. VE 193 2 Procurávamos muito ansiosamente que as Escrituras não fossem torcidas para adaptarem-se às opiniões de qualquer pessoa. Procurávamos fazer com que nossas divergências de opiniões fossem tão pequenas quanto possível, não insistindo nós sobre pontos que eram de menos importância, a respeito dos quais havia opiniões divergentes. A preocupação de toda alma, porém, era promover entre os irmãos uma condição que correspondesse à oração de Cristo para que Seus discípulos pudessem ser um, assim como o são Ele e o Pai. VE 193 3 Algumas vezes um ou dois irmãos obstinadamente se opunham à opinião apresentada, e agiam de acordo com os sentimentos naturais do coração. Quando, porém, essa disposição aparecia, suspendíamos nossas pesquisas e adiávamos a reunião, para que cada um tivesse a oportunidade de buscar a Deus em oração, e sem consulta com outrem estudasse o ponto de divergência, rogando luz do Céu. Com expressões de amizade nos despedíamos, para de novo reunirmo-nos tão breve quanto possível, para mais estudos. Por vezes o poder de Deus descia sobre nós de uma maneira assinalada, e, quando a clara luz revelava os pontos da verdade, chorávamos e regozijávamo-nos juntamente. Amávamos a Jesus, e amávamo-nos uns aos outros. A adoção da ordem eclesiástica VE 195 1 O nosso número aumentava gradualmente. A semente lançada era regada por Deus, que a fazia crescer. A princípio reuníamo-nos para o culto e apresentávamos a verdade àqueles que vinham para ouvir, em casas particulares, em celeiros, bosques, e edifícios escolares; não demorou muito tempo, porém, sem que pudéssemos construir humildes casas de oração. VE 195 2 Aumentando o nosso número, tornou-se evidente que sem alguma forma de organização, haveria grande confusão, e a obra não seria levada avante com êxito. A organização era indispensável para prover a manutenção do ministério, para levar a obra a novos campos, para proteger dos membros indignos tanto as igrejas como os pastores, para a conservação das propriedades da igreja, para a publicação da verdade pela imprensa, e para muitos outros fins. VE 195 3 Havia, no entanto, entre nosso povo um forte sentimento contrário à organização. Os adventistas do primeiro dia opunham-se à organização, e a maior parte dos adventistas do sétimo dia entretinham as mesmas idéias. Buscamos o Senhor em oração fervorosa para que pudéssemos compreender Sua vontade; e Seu Espírito nos iluminou, mostrando-nos que deveria haver ordem e perfeita disciplina na igreja, e era essencial a organização. Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra. Começo de novos empreendimentos VE 195 4 Tivemos uma árdua luta para estabelecer a organização. Apesar de o Senhor dar testemunho após testemunho a esse respeito, a oposição era forte, e teve de ser enfrentada repetidas vezes. Sabíamos, porém, que o Senhor Deus de Israel nos estava dirigindo e guiando pela Sua providência. Empenhamo-nos na obra da organização, e uma evidente prosperidade acompanhou esse movimento progressista. VE 197 1 Como o desenvolvimento da obra nos impelisse a novos empreendimentos, dispusemo-nos a começá-los. O Senhor nos dirigiu o espírito para a importância da obra educativa. Vimos a necessidade de escolas, para que nossos filhos pudessem receber instrução isenta dos erros da falsa filosofia, e sua educação estivesse em harmonia com os princípios da Palavra de Deus. A necessidade de instituições de saúde fora-nos encarecida para auxílio e instrução de nosso próprio povo, e como meio de beneficiar e esclarecer a outros. Esse empreendimento foi também levado avante. Tudo isso era obra missionária da mais elevada espécie. Os resultados do esforço conjunto VE 197 2 Nossa obra não era mantida por grandes donativos ou legados; pois poucos homens abastados tínhamos entre nós. Qual é o segredo de nossa prosperidade? Temo-nos movido sob as ordens do Príncipe de nossa salvação. Deus nos tem abençoado os esforços unidos. A verdade tem-se espalhado e florescido. Têm-se multiplicado as instituições. A semente de mostarda cresceu até tornar-se uma grande árvore. O sistema da organização alcançou êxito grandioso. Foi adotada a contribuição sistemática segundo o plano bíblico. O corpo foi "ligado pelo auxílio de todas as juntas". Na medida do avanço feito, ficou provado ser eficiente o nosso sistema de organização. Evitando os perigos da desordem VE 197 3 Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização. O estabelecimento dessa estrutura custou-nos muito estudo e orações, em que rogávamos sabedoria e as quais sabemos que Deus ouviu. Foi edificada sob Sua direção, por meio de muito sacrifício e contrariedades. Nenhum de nossos irmãos esteja tão iludido que tente derribá-la, pois acarretaria assim um estado de coisas que nem é possível imaginar. Em nome do Senhor declaro-vos que ela há de ser firmemente estabelecida, robustecida e consolidada. VE 199 1 Ao mando de Deus: "Ide", avançamos, quando as dificuldades a serem superadas faziam com que o avanço parecesse impossível. Sabemos quanto custou no passado executar os planos de Deus, que fizeram de nós o povo que somos. Portanto, cada um tenha o máximo cuidado para não conturbar a mente no tocante a estas coisas que Deus ordenou para a nossa prosperidade e êxito no desenvolvimento de Sua causa. VE 199 2 Os anjos trabalham harmonicamente. Perfeita ordem caracteriza todos os seus movimentos. Quanto mais aproximadamente imitarmos a harmonia e ordem do exército angelical, tanto maior êxito terão os esforços desses anjos em nosso favor. Se não virmos necessidade de ação harmônica, e formos desordenados, indisciplinados e desorganizados em nossa maneira de agir, os anjos que são perfeitamente organizados e se movem em perfeita ordem, não poderão com êxito trabalhar por nós. Afastar-se-ão pesarosos, pois não estão autorizados a abençoar a confusão, distração e desorganização. Todos os que desejarem a cooperação dos mensageiros celestiais, devem trabalhar em harmonia com eles. Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços praticarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão cooperar com eles. Mas nunca, jamais esses mensageiros celestes sancionarão a irregularidade, a desorganização e a desordem. Todos estes males são o resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer-nos as forças, destruir-nos a coragem e evitar a ação bem-sucedida. VE 201 1 Satanás bem sabe que o sucesso apenas pode acompanhar a ação ordenada e harmoniosa. Bem sabe que tudo que se relaciona com o Céu se acha em perfeita ordem, e sujeição e disciplina perfeita caracterizam os movimentos do exército angelical. Ele estuda e faz esforços para levar os cristãos professos o mais longe possível da disposição ordenada por Deus; portanto, engana até o povo professo de Deus, e faz-lhes crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade; que a única segurança para eles consiste em seguir cada qual seu próprio rumo e de maneira especial permanecer separado das corporações de cristãos que andam unidos, e trabalham para estabelecer a disciplina e harmonia de ação. Todos os esforços feitos para se estabelecer a ordem são considerados perigosos, tidos como a restrição da legítima liberdade e, por isso, são temidos como se fossem um arremedo do papado. Essas dedicadas pessoas consideram virtude a exibição de sua liberdade de pensar e agir independentemente. Não atendem a nenhum parecer de outrem. Não se deixam ensinar por quem quer que seja. Foi-me mostrado que a obra especial de Satanás é introduzir os homens a crer que Deus lhes ordena agirem por si mesmos, e escolherem seu próprio caminho, independentemente de seus irmãos. Responsabilidade individual e unidade cristã VE 201 2 Deus está guiando um povo do mundo para a exaltada plataforma da verdade eterna -- os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Disciplinará e habilitará Seu povo. Eles não estarão em divergência, um crendo uma coisa e outro tendo fé e opiniões inteiramente opostas, e movendo-se cada qual independentemente do conjunto. Pela diversidade dos dons e governos que Ele pôs em Sua igreja, todos alcançarão a unidade da fé. Se alguém forma seu próprio conceito no tocante à verdade bíblica, sem atender à opinião de seus irmãos, e justifica seu procedimento alegando que tem o direito de pensar livremente, impondo suas idéias então aos outros, como poderá cumprir a oração de Cristo? E se outro e outro ainda se levanta, cada qual afirmando seu direito de crer e falar o que lhe aprouver, sem atentar para a fé comum, onde estará aquela concórdia que existia entre Cristo e Seu Pai, e para cuja existência, entre Seus irmãos, Cristo orou? VE 203 1 Posto que tenhamos uma obra individual, e individual responsabilidade perante Deus, não devemos seguir nosso próprio critério independentemente, sem tomar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos; pois tal proceder acarretaria a desordem na igreja. É dever dos pastores respeitar o discernimento de seus irmãos; mas suas relações mútuas, assim como as doutrinas que ensinam, deveriam ser submetidas à prova da lei e do testemunho; se, então, os corações forem dóceis, não haverá divisão entre nós. Alguns se inclinam a ser desordenados, e apartam-se dos grandes marcos da fé; mas Deus está atuando em seus ministros para que sejam um na doutrina e no espírito. VE 203 2 É necessário que nossa unidade hoje seja de caráter tal que resista à prova... Temos muitas lições para aprender e muitíssimas para desaprender. Tão-somente Deus e o Céu são infalíveis. Quem acha que nunca terá de abandonar uma opinião formada, e nunca terá ocasião de mudar de critério, será decepcionado. Enquanto nos apegarmos obstinadamente às nossas próprias idéias e opiniões, não poderemos ter a unidade pela qual Cristo orou. VE 203 3 Quando um irmão recebe nova luz sobre as Escrituras, deve expor francamente sua maneira de entender, e todo ministro deve pesquisar as Escrituras com espírito de singeleza a fim de ver se os pontos apresentados podem ser confirmados pela Palavra inspirada. "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." 2 Timóteo 2:24-25. Que coisas Deus tem feito! VE 204 1 Passando em revista a nossa história, percorrendo todos os passos de nosso progresso até ao estado atual, posso dizer: "Louvado seja Deus!" Quando vejo o que Deus tem executado, encho-me de admiração por Cristo, e de confiança nEle como dirigente. Nada temos a recear no futuro, a não ser que nos esqueçamos do caminho pelo qual Deus nos tem conduzido. VE 204 2 Somos agora um povo forte, se pomos nossa confiança no Senhor, pois estamos a tratar com as poderosas verdades da Palavra de Deus. Tudo temos que agradecer. Se andamos na luz, como resplandece ela sobre nós, procedente dos vivos oráculos divinos, teremos grandes responsabilidades, correspondentes à grande luz a nós conferida por Deus. Temos muitos deveres a cumprir, porque fomos feitos depositários da verdade sagrada, a ser dada ao mundo em toda a sua beleza e glória. Somos devedores a Deus por todas as regalias que Ele nos confiou para embelezarmos a verdade com a santidade de nosso caráter, e comunicarmos a mensagem de exortação, consolo, esperança e amor, àqueles que estão nas trevas do erro e pecado. VE 204 3 Graças a Deus pelo que já tem sido feito no sentido de prover aos nossos jovens facilidades para a educação religiosa e intelectual. Muitos têm sido instruídos para desempenhar uma parte nos vários ramos da obra, não somente nos Estados Unidos mas nos campos estrangeiros. O prelo tem fornecido a literatura que difunde extensamente o conhecimento da verdade. Todos os donativos que, quais regatos, têm avolumado o afluxo das contribuições, devem ser para nós justo motivo de gratidão a Deus. VE 205 1 Temos hoje um exército de jovens que, se for convenientemente dirigido e animado, muito poderá fazer. Necessitamos de que nossos filhos creiam na verdade. Desejamos que sejam abençoados por Deus. Queremos que desempenhem uma parte em bem organizados planos para auxiliarem outros jovens. Sejam eles de tal maneira preparados que possam corretamente representar a verdade, dando a razão da esperança que neles há, e honrando a Deus em qualquer ramo da obra para que estiverem habilitados! ... VE 205 2 Como discípulos de Cristo, temos o dever de difundir a luz que sabemos faltar ao mundo. Que os filhos de Deus "enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna". 1 Timóteo 6:18-19. ------------------------Capítulo 34 -- O amor de Deus por sua igreja VE 206 0 Melbourne, 23 de dezembro de 1892. VE 206 1 Prezados irmãos da Associação Geral: Testifico aos meus irmãos e irmãs que a Igreja de Cristo, por débil e defeituosa que seja, é o único objeto sobre a Terra a que Ele confere Sua suprema atenção. Enquanto a todos dirige o convite para irem a Ele e serem salvos, comissiona Seus anjos para prestar divino auxílio a toda alma que a Ele se achega com arrependimento e contrição; e, pessoalmente, por meio de Seu Espírito Santo, está no meio de Sua Igreja. "Se Tu, Senhor, observares as iniqüidades, ó Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Aguardo ao Senhor; a minha alma O aguarda, e espero na Sua Palavra. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã, sim, do que aqueles que esperam pela manhã. Espere Israel no Senhor, porque no Senhor há misericórdia, e nele há abundante redenção. E Ele remirá Israel de todas as suas iniqüidades." Salmos 130:3-8. VE 206 2 Ó ministros e toda a Igreja, sejam estas as expressões que, brotando do coração, correspondam à grande bondade e amor de Deus para conosco, como um povo e a cada um de nós individualmente. "Espere Israel no Senhor, desde agora e para sempre." Salmos 131:3. "Vós que assistis na casa do Senhor, nos átrios da casa do nosso Deus. Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom: cantai louvores ao Seu nome, porque é agradável. Porque o Senhor escolheu para Si a Jacó, e a Israel para Seu tesouro peculiar. Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses." Salmos 135:2-5. Considerai, meus irmãos e irmãs, que o Senhor tem um povo, um povo escolhido -- a Sua Igreja -- para ser Sua propriedade, Sua própria fortaleza, que VE 207 1 Ele mantém num mundo contaminado pelo pecado, e rebelde; e determinou que nenhuma autoridade nela se conhecesse, lei alguma fosse por ela reconhecida, a não serem as Suas próprias. VE 207 2 O diabo tem uma grande confederação, que é sua igreja. Cristo a denomina sinagoga de Satanás, porque seus membros são filhos do pecado. Os membros da igreja de Satanás têm estado sempre a trabalhar para inutilizar a lei divina e estabelecer confusão entre o bem e o mal. Satanás trabalha com grande poder nos filhos da desobediência, e por meio deles, a fim de exaltar a traição e a apostasia como se fossem verdade e lealdade. E, na presente época, o poder de sua inspiração satânica está movimentando as forças vivas para promover a grande rebelião contra Deus, iniciada no Céu. VE 207 3 Na época atual, a Igreja precisa vestir suas belas vestes -- "Cristo, justiça nossa". Há distinções claras e precisas a serem restauradas e expostas ao mundo, exaltando-se acima de tudo os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A beleza da santidade deve aparecer em seu brilho natural, em contraste com a deformidade e trevas dos que são desleais, daqueles que se revoltam contra a lei de Deus. Assim reconhecem a Deus e à Sua lei -- fundamento de Seu governo no Céu e em todos os Seus domínios terrestres. Sua autoridade deve ser conservada distinta e clara perante o mundo; e não ser reconhecida lei alguma que esteja em oposição às leis de Jeová. Se, em desafio às disposições divinas, for permitido ao mundo influenciar nossas decisões ou ações, o propósito de Deus será frustrado. Se a Igreja vacilar aqui, por mais especioso que seja o pretexto apresentado para tal, contra ela haverá, registrada nos livros do Céu, uma quebra da mais sagrada confiança, uma traição ao reino de Cristo. A Igreja tem que manter seus princípios perante todo o Universo celeste e os reinos deste mundo, de maneira firme e decidida. Uma inabalável fidelidade na manutenção da honra e da santidade da lei de Deus, despertará a atenção e admiração do mundo; e muitos, pelas boas obras que contemplarem, serão levados a glorificar nosso Pai celestial. Os que são leais e verdadeiros, são portadores de credenciais do Céu e não dos potentados da Terra. Todos os homens saberão quem são os escolhidos e fiéis discípulos de Cristo, e os conhecerão quando forem coroados e glorificados como hão de ser os que honraram a Deus, e a quem Ele honrou, tornando-os possuidores de um peso eterno de glória... VE 208 1 O Senhor proveu a Sua Igreja de capacidade e bênçãos, para que apresentasse ao mundo uma imagem de Sua própria suficiência, e nEle se completasse, como uma contínua representação de outro mundo, eterno, onde há leis mais elevadas que as terrestres. Sua Igreja deve ser um templo construído segundo a semelhança divina; e o anjo arquiteto trouxe do Céu a sua vara de ouro para medir a fim de que cada pedra seja lavrada e ajustada pela medida divina, e polida para brilhar como um emblema do Céu irradiando em todas as direções os refulgentes e luminosos raios do Sol da Justiça. A Igreja há de ser alimentada com o maná do Céu e guardada unicamente sob a proteção de Sua graça. Vestida com a completa armadura de luz e justiça, ela entra em seu conflito final. A escória, material imprestável, será consumida, e a influência da verdade testifica ao mundo de seu caráter santificador e enobrecedor. ... VE 208 2 O Senhor Jesus está provando os corações humanos, por meio da concessão de Sua misericórdia e graça abundantes. Está efetuando transformações tão admiráveis que Satanás, com toda a sua vanglória de triunfo, com toda a sua confederação para o mal, reunida contra Deus e contra as leis de Seu governo, fica a olhá-las como a uma fortaleza, inexpugnável aos seus sofismas e enganos. São para ele um mistério incompreensível. Os anjos de Deus, serafins e querubins, potestades encarregadas de cooperar com as forças humanas, vêem, com admiração e alegria, que homens decaídos, que eram filhos da ira, estejam por meio do ensino de Cristo formando caráter segundo a semelhança divina, para serem filhos e filhas de Deus, e desempenharem um papel importante nas ocupações e prazeres do Céu. VE 209 1 À Sua Igreja deu Cristo amplas possibilidades para que viesse a receber de Sua possessão resgatada e comprada um grande tributo de glórias. A Igreja, revestida da justiça de Cristo, é Sua depositária, na qual as riquezas de Sua misericórdia, amor e graça se hão de por fim revelar plenamente. A declaração que fez em Sua oração intercessória, de que o amor do Pai é tão grande para conosco como para consigo mesmo, na qualidade de Filho unigênito, e que estaremos com Ele onde estiver e que seremos um com Cristo e o Pai, é uma maravilha para o exército celestial, e constitui sua grande alegria. O dom de Seu Espírito Santo, rico, pleno e abundante, deve ser para Sua Igreja semelhante a uma protetora muralha de fogo, contra que não prevalecerão os poderes do inferno. Na imaculada pureza e perfeição de Seu povo, Cristo vê a recompensa de todos os Seus sofrimentos, humilhação e amor, e como suplemento de Sua glória -- sendo Ele o grande centro de que irradia toda glória. "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." Apocalipse 19:9. ------------------------Capítulo 35 -- Trabalho missionário VE 210 1 Em 10 de dezembro de 1871 foi-me mostrado que Deus cumpriria uma grande obra por meio da verdade, se homens dedicados e abnegados se consagrassem sem reservas ao trabalho de apresentá-la aos que se acham em trevas. Aqueles que conhecem a preciosa verdade, e se tenham consagrado a Deus, devem aproveitar toda oportunidade que se lhes depare para a apresentação da mesma. Os anjos de Deus estão tocando o coração e a consciência do povo de outras nações, e almas honestas estão perturbadas ao testemunharem os sinais dos tempos manifestos no estado de insegurança entre as nações. Surge-lhes no coração a pergunta: Qual será o fim de todas as coisas? Enquanto Deus e os anjos estão trabalhando para impressionar os corações, os servos de Cristo parecem dormir. Poucos trabalham em uníssono com os mensageiros celestiais. VE 210 2 Se os pastores e o povo estivessem suficientemente despertos, não permaneceriam tão indiferentes, pois Deus os honrou ao fazer deles os depositários de Sua lei, imprimindo-lha na mente e gravando-a no coração. Estas verdades, de vital importância, deverão pôr o mundo a prova; e, não obstante, em nosso próprio país, há cidades e aldeias que jamais ouviram a mensagem de advertência. Os jovens que se sentem tocados pelos apelos feitos para auxiliarem esta grande obra de progresso da causa de Deus, fazem algumas menções de avançar, mas não se preocupam com a obra, o suficiente para realizar o que poderiam fazer. VE 210 3 Se os jovens que começam a trabalhar nesta causa tivessem espírito missionário, dariam prova de que de fato Deus os chamou para trabalhar. Não indo a novos lugares, mas contentando-se em ir de uma igreja para outra, dão mostras de não sentir responsabilidade alguma pela obra. As idéias de nossos jovens pregadores não são suficientemente amplas. Seu zelo é demasiado fraco. Se os jovens estivessem despertos e fossem consagrados ao Senhor, seriam diligentes em cada momento de seu tempo e procurariam habilitar-se para serem obreiros em campos missionários. VE 211 1 Devem os jovens adquirir habilitações, familiarizando-se com outras línguas, para que Deus os possa usar como meio para comunicar Sua verdade salvadora a outras nações. Estes jovens podem obter conhecimento de outras línguas, mesmo quando empenhados no trabalho em prol dos pecadores. Se souberem aproveitar o tempo, poderão cultivar a mente e habilitar-se para maior utilidade. Se as moças que até agora assumiram pequena responsabilidade se dedicassem a Deus, poderiam tornar-se úteis, estudando outras línguas e ocupando-se em traduzir. VE 211 2 Nossas publicações devem ser impressas noutras línguas, para que sejam atingidas as nações estrangeiras. Muito pode ser feito por meio do prelo, porém, mais ainda se poderá cumprir se a influência do trabalho dos pregadores vivos acompanhar as nossas publicações. Necessitam-se missionários para ir a outras nações a fim de pregar a verdade, de maneira prudente e cuidadosa. A causa da verdade presente pode estender-se grandemente pelo esforço pessoal. VE 211 3 Quando as igrejas virem jovens zelosos e capazes para estender seus trabalhos às cidades e aldeias que nunca ouviram a verdade, e missionários prontificando-se para ir levar a verdade a outras nações, elas se animarão e se fortalecerão muito mais do que o seriam pelos labores de jovens inexperientes. Ao verem o coração dos pastores ardendo de zelo e amor à verdade, e do desejo de salvar almas, as igrejas se despertarão. Estas geralmente têm dentro de si mesmas os dons e o poder para abençoar e fortalecer a si próprias, e reunir no aprisco as ovelhas e os cordeiros. Precisam ficar na dependência de seus próprios recursos para que todos os dons que jazem latentes sejam assim postos em serviço ativo. VE 213 1 O Senhor tem tocado o coração de homens de outras línguas, pondo-os sob a influência da verdade para que se habilitem a trabalhar em Sua causa. Ele os pôs ao alcance dos escritórios de publicações para que os administradores lhes aproveitassem os serviços, se estivessem cônscios das necessidades da causa. Necessitam-se publicações noutras línguas, para provocar interesse e espírito de busca entre outras nações. VE 213 2 Assim como o ensino de Noé avisou e provou os moradores do mundo antes que o dilúvio os destruísse da face da Terra, a verdade divina para estes últimos dias está efetuando uma obra semelhante em advertir e provar o mundo. As publicações que saem da Casa Publicadora trazem o selo do Eterno. Estão sendo espalhadas por todo o país, e estão decidindo o destino das almas. Hoje se precisa grandemente de homens que traduzam e preparem nossas publicações noutras línguas, de maneira que as mensagens de advertência vão a todas as nações, e prove-as pela luz da verdade, para que os homens e mulheres, vendo a luz, se volvam da transgressão para a obediência da lei de Deus. VE 214 1 Toda oportunidade deveria ser aproveitada para estender a verdade a outras nações. Isso implicaria considerável despesa, mas esta de maneira nenhuma deveria impedir a realização dessa obra. Os meios têm valor apenas quando empregados para promover o interesse do reino de Deus. O Senhor conferiu meios aos homens para este mesmo fim: empregá-los na propagação da verdade entre seus semelhantes. VE 214 2 Agora é tempo de se empregarem os meios na causa de Deus. Agora é o tempo de nos tornarmos ricos de boas obras, acumulando para nós um bom fundamento contra o tempo que virá, a fim de apoderar-nos da vida eterna. Uma alma salva no reino de Deus é de maior valor que todas as riquezas terrestres. Somos responsáveis perante Deus pelas almas com quem entramos em contato: e quanto mais íntima for nossa relação com nossos semelhantes, maior será nossa responsabilidade. Somos uma grande irmandade, e o bem-estar de nossos semelhantes deve ser o nosso grande interesse. Não temos um momento para perder. Se temos sido descuidosos nesse assunto, esta é a oportunidade para remirmos o tempo, não aconteça que o sangue das almas encontrado em nossas vestes. Como filhos de Deus, nenhum de nós se pode recusar a tomar parte na grande obra de Cristo, na salvação de nossos semelhantes. VE 215 1 Muito difícil será vencer o preconceito e convencer os incrédulos de que são desinteressados os nossos esforços para os auxiliar. Isso, porém, não deveria impedir-nos o trabalho. Não há preceito algum na Palavra de Deus que nos fale em fazer o bem somente aos que apreciam e reconhecem os nossos esforços, e beneficiar apenas quem nos agradece. Deus nos mandou trabalhar em Sua vinha. Cumpre-nos fazer tudo que pudermos. "Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará: se esta, se aquela." Eclesiastes 11:6. VE 215 2 Temos bem pouca fé. Limitamos o Santo de Israel. Deveríamos ser gratos por condescender Deus em usar alguns de nós como Seus instrumentos. Haverá resposta para toda oração fervorosa em que se peça com fé alguma coisa. Pode não vir exatamente como a esperávamos; mas virá, talvez não como havíamos imaginado, mas justamente na ocasião em que dela mais necessitemos. Mas oh, quão pecaminosa é a nossa incredulidade! "Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7. ------------------------Capítulo 36 -- Planos mais vastos VE 216 1 Em minha estada na Califórnia, no ano 1874, tive um sonho impressionante, em que me foi apresentado o papel do prelo na obra de proclamar ao mundo a mensagem do terceiro anjo. VE 216 2 Sonhei que vários dos irmãos da Califórnia estavam em concílio, considerando o melhor plano de trabalho para a próxima temporada. Alguns achavam prudente excluir as grandes cidades, e só trabalhar nos lugares menores. Meu esposo insistia ardorosamente em que se traçassem planos mais vastos e se fizessem esforços mais amplos, o que melhor corresponderia com o caráter de nossa mensagem. VE 216 3 Entrou então no concílio um jovem a quem eu freqüentemente vira em meus sonhos. Escutou com profundo interesse as palavras que eram ditas e, a seguir, falando com deliberada confiança e autoridade, disse: VE 216 4 "As cidades e vilas constituem uma parte da vinha do Senhor. Elas precisam ouvir a mensagem de advertência. O inimigo da verdade está fazendo esforços desesperados para desviar o povo, da verdade de Deus para a falsidade... Deveis semear junto a todas as águas. VE 216 5 "Talvez não vejais de pronto o resultado de vosso trabalho, mas isso não vos deveria desanimar. Tomai a Cristo como vosso exemplo. Ele teve muitos ouvintes, mas poucos seguidores. Noé pregou durante cento e vinte anos ao povo antediluviano; contudo, dentre as multidões que havia sobre a Terra naquele tempo, apenas oito almas se salvaram." VE 216 6 O mensageiro prosseguiu: "Estais alimentando idéias muito acanhadas quanto à obra para este tempo. Estais procurando planejar a obra de modo que possais abrangê-la em vossos braços. Deveis considerar perspectivas mais vastas. Vossa luz não deve ser posta sob o alqueire, nem debaixo da cama, mas no velador, para que alumie todos os que estão na casa. Vossa casa é o mundo. VE 217 1 "A certeza e verdade da vigência do quarto mandamento devem ser apresentadas com clareza perante o povo. 'Vós sois as Minhas testemunhas.' Isaías 43:10. A mensagem irá com poder a todas as partes do mundo, ao Oregon, à Europa, à Austrália, às ilhas do mar, a todas as nações, línguas e povos. Preservai o prestígio da verdade. Ela atingirá grandes proporções. Muitos países estão à espera da luz progressiva que o Senhor para eles tem; e vossa fé é acanhada, muito pequena. Vossa concepção da obra necessita ser grandemente aumentada. Oakland, São Francisco, Sacramento, Woodland, e as grandes cidades dos Estados Unidos, devem ouvir a mensagem da verdade. Avançai! Deus operará com grande poder, se diante dEle andardes com toda a humildade de espírito. Falar-se em impossibilidades não significa fé. Para Deus, nada é impossível. A luz relativa à vigência da lei de Deus será uma prova para o mundo." ... VE 217 2 Em minha última visão foi-me mostrado que deveríamos trabalhar na Califórnia para estender e consolidar a obra já começada. Foi-me mostrado que se deve realizar trabalho missionário na Califórnia, Austrália, Oregon e outros territórios, trabalho muito mais extenso do que o tem imaginado o nosso povo, ou tem jamais previsto e planejado. Vi que não avançamos tão depressa quanto a providência de Deus nos abre o caminho. Vi que a verdade presente poderia ser uma grande força se os crentes na mensagem não dessem lugar ao inimigo pela incredulidade e egoísmo, mas concentrassem os esforços em um único objetivo -- a promoção da causa da verdade presente. VE 217 3 Vi que deveria haver um jornal, publicado na costa do Pacífico. Deveria ser estabelecido ali um hospital e fundada uma casa publicadora. VE 218 1 O tempo é breve; e todos quantos crêem nesta mensagem devem sentir a obrigação solene de serem obreiros desinteressados, que exerçam influência adequada; e nunca, quer por palavras, quer por atos, se oponham aos que procuram avançar os interesses da causa de Deus. As idéias de nossos irmãos são muito acanhadas. Pouco é o que esperam. Muito pequena é sua fé. VE 218 2 Um jornal publicado na costa do Pacífico daria força e influência à mensagem. A luz que Deus nos deu não será de muito valor para o mundo, a menos que seja vista ao ser apresentada diante dele. Declaro-vos que nossa visão deve ser ampliada. Vemos as coisas de perto, e não de longe. ------------------------Capítulo 37 -- Extensão da obra nos campos estrangeiros VE 219 1 Durante a noite, vêm-me estas palavras para eu dizer às igrejas que conhecem a verdade: "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Isaías 60:1. VE 219 2 As palavras do Senhor no capítulo cinqüenta e quatro de Isaías são para nós: "Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas. Não temas porque não serás envergonhada; e não te envergonhes porque não serás confundida. ... Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos é o Seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor: Ele será chamado o Deus de toda a Terra." Isaías 54:2-5. VE 219 3 E as palavras de Cristo a Seus discípulos são também para o Seu povo hoje: "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que Eu vos digo: Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa. E o que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; para que, assim o que semeia como o que ceifa, ambos se regozijem." João 4:35-36. VE 219 4 O povo de Deus tem diante de si uma poderosa obra, obra esta que deve continuar a elevar-se a maior preeminência. Nossos esforços nos ramos missionários devem tornar-se muito mais extensos. Um trabalho mais decidido do que o que tem sido feito deve ser efetuado antes do segundo aparecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. O povo de Deus não deverá interromper seu trabalho antes que este rodeie o mundo. VE 220 1 A vinha abrange o mundo todo, e todas as suas partes devem ser trabalhadas. Lugares há que são agora um deserto moral; e estes deverão tornar-se como o jardim do Senhor. Os lugares incultos da Terra deverão ser cultivados, para que possam brotar e florescer como a rosa. Novos territórios deverão ser trabalhados por homens inspirados pelo Espírito Santo. Novas igrejas devem ser estabelecidas e novas congregações organizadas. Nesta presente época deve haver representantes da verdade presente em cada cidade e nas mais remotas partes da Terra. A Terra toda deve ser iluminada com a glória da verdade de Deus. A luz deve resplandecer em todas as terras e povos. E é daqueles que receberam a luz que ela deve resplandecer. A estrela d'Alva raiou sobre nós, e devemos projetar sua luz no caminho dos que andam em trevas. VE 220 2 Uma crise acha-se precisamente diante de nós. Devemos agora, pelo poder do Espírito Santo, proclamar as grandes verdades para estes últimos dias. Não levará muito tempo para que todos tenham ouvido a advertência e tomado sua decisão. Então virá o fim. VE 220 3 E a essência mesma de toda fé perfeita consiste em agir bem, no devido tempo. Deus é o grande Obreiro por excelência, e por Sua providência prepara o caminho para que Sua obra se cumpra. Ele provê oportunidades, estabelece esferas de influência e condutos para as atividades. Se Seu povo estiver atento às indicações de Sua providência, e se dispuser a cooperar com Ele, verá cumprido um grande trabalho. Seus esforços, dirigidos convenientemente, produzirão resultados cem vezes maiores do que se poderiam cumprir com os mesmos meios e facilidades por outro instrumento em que Deus não estivesse tão manifestamente atuando. Nossa obra é reformadora, e é o propósito de Deus que a excelência da obra em todos os ramos seja uma lição objetiva para o povo. Sobretudo nos novos campos é de importância que a obra seja estabelecida de maneira a dar uma correta representação da verdade. Em todos os nossos planos de atividades missionárias estes princípios deverão ser tidos em vista. ... VE 221 1 Os servos de Deus devem estar em pé sobre os muros de Sião, e dar a advertência: "Vem a manhã e também a noite" (Isaías 21:12), sim a noite em que ninguém pode trabalhar. ... VE 221 2 De todos os distantes países vem o clamor: "Passa e ajuda-nos." Atos 16:9. Esses países não são tão facilmente atingidos nem estão tão maduros para a ceifa como os que estão mais ao nosso alcance; entretanto, não devem eles ser negligenciados. ... VE 221 3 Nossos irmãos não têm compreendido que, auxiliando o progresso da obra nos campos estrangeiros, estariam ajudando-a no próprio país. Aquilo que é dado para iniciar a obra num campo, resultará no fortalecimento da mesma noutros lugares. Quando os obreiros estão livres de dificuldades, podem ampliar seus esforços, e trazendo-se almas para a verdade, e estabelecendo-se igrejas, haverá acréscimo de potencialidade financeira. Logo estas igrejas poderão promover a obra não somente dentro de seu território, mas levá-la a outros campos. Será partilhado assim, o encargo que recai sobre as igrejas matrizes. VE 222 1 A obra missionária em nosso país muito progredirá em todos os sentidos, quando se manifestar em prol da prosperidade das missões estrangeiras um espírito de mais liberalidade, abnegação e desprendimento; pois a prosperidade da obra em nosso país depende grandemente, abaixo de Deus, da influência reflexa da obra evangélica nos países distantes. É agindo ativamente para suprir as necessidades da causa de Deus que pomos a alma em contato com a Fonte de todo o poder. VE 222 2 Conquanto a obra nos campos estrangeiros não tenha progredido como deveria, o que foi realizado oferece motivos para gratidão e animação. Muito menos recursos têm sido despendidos nestes campos do que nos de nosso pais, e a obra tem sido executada sob os maiores apertos e sem as devidas facilidades. Contudo, considerando o auxílio que tem sido enviado a estes campos, é na verdade surpreendente o resultado. Nosso êxito missionário tem sido perfeitamente proporcional ao nosso esforço de abnegação e sacrifício. VE 222 3 Somente Deus pode avaliar a obra feita, quando a mensagem evangélica tiver sido proclamada de maneira clara e direta. Penetraram-se novos campos, e tem-se feito um trabalho ativo. As sementes da verdade têm sido semeadas, e resplandeceu a luz em muitos espíritos, proporcionando ampla visão de Deus e uma apreciação mais correta da formação do caráter. Milhares têm sido levados ao conhecimento da verdade, tal como é em Jesus. Encheram-se da fé que opera por amor e purifica a alma. VE 223 1 O valor de tais vantagens espirituais fica além de nossa compreensão. Que sonda poderá medir a profundidade da palavra que é pregada? Que balança poderá de modo correto pesar a influência daqueles que se convertem para a verdade? Por sua vez se tornam missionários, para trabalhar em prol de outros. Em muitos lugares foram construídas casas de oração. Estuda-se a preciosa Bíblia. O tabernáculo de Deus está entre os homens e Deus mora com eles. VE 223 2 Regozijemo-nos de que haja sido feita nestes campos uma obra que Deus pode aprovar. Em nome do Senhor levantemos a voz em louvor e ações de graça pelos resultados da obra no exterior. VE 223 3 E diz-nos ainda nosso General, que jamais erra: "Avançai, entrai em novos territórios. Arvorai o estandarte em todas as terras. 'Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.'" Isaías 60:1. VE 223 4 A nossa senha deve ser: Avante, sempre avante! Os anjos de Deus irão adiante de nós para preparar o caminho. A responsabilidade pelas regiões distantes, que sobre nós repousa, nunca poderá ser deposta antes que a Terra toda seja iluminada com a glória do Senhor. ------------------------Capítulo 38 -- Circulação da página impressa VE 225 1 Vários oradores haviam discursado perante congregações grandes e atentas, na reunião realizada em Roma, Estado de Nova Iorque, no dia 12 de setembro de 1875. Na noite seguinte sonhei que um jovem, de nobre aparência, entrou na sala em que me achava, logo depois de haver eu falado. Disse ele: VE 225 2 "Chamaste a atenção do povo para assuntos importantes, os quais, para um grande número, são estranhos e novos. Para alguns são profundamente interessantes. Os obreiros da palavra e doutrina fizeram o que podiam para apresentar a verdade. Mas, a menos que haja esforço mais amplo para firmar no espírito essas impressões, vossos esforços serão quase infrutíferos. Satanás tem muitas atrações prontas para desviar os espíritos; e os cuidados da vida e a sedução das riquezas combinam-se todos para sufocar a semente da verdade semeada no coração. VE 225 3 "Em todo esforço tal como o que ora fazeis, muito mais benefício resultaria de vossos labores, se tivésseis material impresso apropriado e pronto para a circulação. Folhetos sobre os importantes pontos da verdade para o tempo presente, deveriam ser gratuitamente entregues a todos que os aceitassem. Deveis semear junto a todas as águas. VE 225 4 "O prelo é um poderoso meio para impressionar a mente e o coração do povo. Os homens deste mundo lançam mão do prelo, e aproveitam quase toda oportunidade para colocar literatura venenosa perante o povo. Se homens que se acham sob a influência do espírito do mundo e de Satanás são diligentes na circulação de livros, folhetos e jornais, de natureza corruptora, deveríeis ser mais diligentes em pôr diante do povo leitura de natureza enobrecedora e salvadora. VE 226 1 "Deus colocou à disposição de Seu povo, no uso do prelo, vantagens que, combinadas com outros fatores, difundirão com êxito o conhecimento da verdade. Folhetos, revistas e livros, conforme exigir o caso, deverão circular em todas as cidades e vilas do país. Nisso há trabalho missionário para todos. VE 226 2 "Deve haver homens habilitados para este ramo da obra, os quais serão missionários e disseminarão as publicações. Devem ser homens de boas maneiras, que não repilam a outros nem sejam por outros repelidos. Esse é um trabalho que, conforme o requeira a ocasião, exige todo o tempo e as energias de quem a ele se dedique. Deus confiou a Seu povo grande luz. Essa não deve ser por eles egoistamente guardada, antes permitirão que seus raios iluminem outros que se acham nas trevas do erro. VE 226 3 "Como um povo, não estais fazendo a vigésima parte do que poderia ser feito para se propagar o conhecimento da verdade. Muitíssimo mais se poderia cumprir pelo pregador vivo mediante a circulação de revistas e folhetos, do que somente com a pregação da palavra sem as publicações. A imprensa é um poderoso instrumento que Deus determinou fosse combinado com as energias do pregador vivo, a fim de levar a verdade a toda nação, tribo, língua e povo. Muitos há que não poderiam ser atingidos de outra maneira qualquer. VE 227 1 "Essa é uma verdadeira obra missionária, em que o trabalho e os meios poderão ser aplicados com os melhores resultados. Tem havido demasiado temor de incorrer em riscos, agir pela fé, e semear junto a todas as águas. Têm-se apresentado oportunidades, de que não se tem lançado mão nem feito o melhor uso. Tem havido muito grande receio de nos aventurarmos. A verdadeira fé não é presunção, mas se arrisca muito. A preciosa luz e a poderosa verdade necessitam ser sem demora, publicadas." VE 227 2 Disse ele: "Teu esposo não deve desanimar em seus esforços para estimular outros homens a se tornarem obreiros e responsáveis por uma obra importante. A todo homem que Deus aceitar, Satanás atacará. Se se desligam do Céu e põem a causa em perigo, seu fracasso não será atribuível a teu esposo nem a ti, mas à perversidade da natureza dos murmuradores, a qual eles não souberam compreender nem vencer. Esses homens a quem Deus provou a fim de empregá-los em Sua obra, e que fracassaram e trouxeram grande peso sobre os que são abnegados e verdadeiros, estorvaram e desalentaram mais do que todo o bem que fizeram. E isso, contudo, não deve impedir o propósito de Deus ao distribuir esta obra crescente, com todo o seu peso de cuidados, entre os vários ramos, e confiá-la a homens que desempenhem a sua parte e assumam encargos quando isso se fizer necessário. Esses homens devem estar dispostos a ser instruídos, e então Deus poderá prepará-los e santificá-los bem como comunicar-lhes santidade e discernimento para que tudo que empreendam possam levar avante em Seu nome." ------------------------Capítulo 39 -- Uma visão do conflito VE 228 1 Vi em visão dois exércitos em terrível conflito. Um deles ostentava em suas bandeiras as insígnias do mundo; guiava o outro a bandeira manchada de sangue do Príncipe Emanuel. Estandarte após estandarte era arrastado no chão, à medida que companhia após companhia do exército do Senhor se juntava ao inimigo, e tribo após tribo das fileiras do adversário se unia ao povo de Deus que guarda os mandamentos. Um anjo que voava pelo meio do céu pôs o estandarte de Emanuel em muitas mãos enquanto um forte general bradava em alta voz: "Perfilai-vos! Tomem agora posição os que são leais aos mandamentos de Deus e ao testemunho de Cristo. Saí do meio deles e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai e vós sereis para Mim filhos e filhas. Venham todos quantos queiram acudir em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os valentes." VE 228 2 O combate prosseguia. A vitória ia alternadamente de um para outro lado. Às vezes os soldados da cruz cediam terreno, "como quando desmaia o porta-bandeira". Isaías 10:18. Mas a sua retirada aparente não foi senão para ganhar uma posição mais vantajosa. Ouviram-se aclamações de alegria. Ressoou um cântico de louvor a Deus, e as vozes angélicas uniram-se a ele, quando os soldados de Cristo hastearam Sua bandeira sobre os muros da fortaleza, até então em poder do inimigo. O Príncipe da nossa salvação estava dirigindo a batalha, e enviando reforços a Seus soldados. Grandemente se manifestava o Seu poder, encorajando-os a impelir o combate às portas. Ele lhes ensinou coisas terríveis, em justiça, enquanto os guiava passo a passo, vencendo e para vencer. VE 228 3 Finalmente ganhou-se a vitória. Triunfou gloriosamente o exército que seguia a bandeira portadora da inscrição: "Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Os soldados de Cristo estavam junto às portas da cidade, que com alegria, recebeu o seu Rei. Foi estabelecido o reino de paz, alegria e eterna justiça. A igreja triunfante VE 229 1 A igreja é hoje militante. Enfrentamos agora um mundo em trevas de meia-noite, quase inteiramente entregue à idolatria. Mas aproxima-se o dia em que a batalha terá sido ferida, e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é no Céu. Então as nações não possuirão outra lei senão a do Céu. Juntas, constituirão uma família feliz, unida, trajada com as vestes de louvor e ações de graça -- vestes da justiça de Cristo. A Natureza toda, em sua inexcedível beleza, oferecerá a Deus um constante tributo de louvor e adoração. O mundo se inundará da luz do Céu. Os anos transcorrerão em alegria. A luz da Lua será como a do Sol, e a deste será sete vezes mais brilhante do que é hoje. Ante aquele cenário as estrelas da alva cantarão juntamente, e os filhos de Deus aclamarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão ao proclamar: "Não mais haverá pecado, tampouco haverá morte." Em guarda VE 229 2 Tal é a cena que me é apresentada. A igreja, porém, deve combater e combaterá contra inimigos visíveis e invisíveis. Estão a postos forças satânicas sob forma humana. Homens se têm confederado para oporem-se aos exércitos do Senhor. Essas confederações continuarão até que Cristo deixe Seu lugar de intercessor diante do propiciatório e envergue as vestes de vingança. Agentes satânicos encontram-se em todas as cidades, ocupados em organizar em partidos os que se opõem à lei de Deus. Alguns que professam ser santos e outros declaradamente incrédulos, se filiam a esses partidos. Não é hora de o povo de Deus fraquejar. Não podemos deixar de ficar em guarda um momento sequer. VE 230 1 "Fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra os exércitos espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus." Efésios 6:10-17. VE 230 2 "E peço isto: que a vossa caridade aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento. Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escândalo algum até ao dia de Cristo, cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus." Filipenses 1:9-11. VE 230 3 "Deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, ... estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho. E em nada vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas para vós, de salvação, e isto de Deus. Porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nEle, como também padecer por Ele." Filipenses 1:27-29. VE 231 1 Existem reveladas nestes últimos dias visões de glória futura, cenas traçadas pela mão de Deus; e estas devem ser prezadas por Sua Igreja. O que alentou o Filho de Deus em Sua traição e julgamento? -- Ele viu o trabalho de Sua alma, e ficou satisfeito. Teve uma visão da eternidade, e viu a felicidade daqueles que por Sua humilhação receberiam perdão e vida eterna. Foi ferido pelas transgressões deles, e moído por suas iniqüidades. O castigo que lhes traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras foram sarados. Seus ouvidos ouviram as aclamações dos resgatados. Ele ouviu os remidos entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro. VE 231 2 Devemos ter uma visão do futuro e da felicidade do Céu. Postai-vos no limiar da eternidade e ouvi a acolhida amável feita aos que nesta vida cooperam com Cristo, considerando privilégio e honra sofrer por amor dEle. Ao reunirem-se aos anjos, lançam eles suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças... ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apocalipse 5:12-13. VE 231 3 Ali os remidos saudarão aqueles que os guiaram ao Salvador crucificado. Unem-se em louvor Àquele que morreu para que os seres humanos tivessem vida tão duradoura quanto a de Deus. Cessou o conflito. Toda tribulação e contenda chegaram ao fim. Cânticos de vitória enchem o Céu todo, ao estarem os remidos de pé em redor do trono de Deus. Todos entoam a alegre estrofe: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e vive novamente, como triunfante vencedor." VE 232 1 "Olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro." Apocalipse 7:9-10. VE 232 2 "Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de Seus olhos toda a lágrima." Apocalipse 7:14-17. "E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." Apocalipse 21:4. ------------------------Capítulo 40 -- Recompensas do esforço VE 233 1 "Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, ...esse receberá galardão." 1 Coríntios 3:14. Gloriosa será a recompensa conferida, quando os fiéis obreiros se reunirem em torno do trono de Deus e do Cordeiro. Quando João, em sua condição mortal, contemplou a glória de Deus, caiu como morto: não foi capaz de suportar o que via. Quando, porém, os filhos de Deus se houverem revestido de imortalidade, eles O verão assim como é. 1 João 3:2. Estarão em pé diante do trono, aceitos no Amado. Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas transgressões. Poderão contemplar a glória do trono de Deus, em todo o seu esplendor. Participaram dos sofrimentos de Cristo, foram Seus coobreiros no plano da redenção, e com Ele participam da alegria de verem almas salvas no reino de Deus, para ali louvarem a Deus por toda a eternidade. A alegria dos remidos VE 233 2 Meu irmão e minha irmã, exorto-vos a que vos prepareis para a vinda de Cristo nas nuvens do céu. Diariamente desarraigai de vosso coração o amor do mundo. Aprendei por experiência o que significa ter comunhão com Cristo. Preparai-vos para o juízo, para que, quando Cristo vier para ser admirado por todos os que crêem, possais achar-vos entre os que O encontrarão em paz. Naquele dia os remidos resplandecerão com a glória do Pai e do Filho. Os anjos, tangendo suas harpas de ouro, darão as boas-vindas ao Rei e a Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e branqueados no sangue do Cordeiro. Reboará um cântico de triunfo, que enche todo o Céu. Cristo venceu. Ele entra nas cortes celestiais, acompanhado de Seus resgatados, testemunhas de que Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. VE 234 1 A ressurreição e ascensão de nosso Senhor é prova certa do triunfo que, sobre a morte e a sepultura, alcançarão os santos de Deus, e uma garantia de que o Céu está aberto para os que lavam suas vestes do caráter e as branqueiam no sangue do Cordeiro. Jesus ascendeu ao Pai como representante da raça humana, e Deus levará os que refletem a Sua imagem para que contemplem Sua glória e dela compartilhem. VE 235 1 Há ali moradas para os peregrinos da Terra. Há vestes para os justos, com coroas de glória e palmas de vitória. Tudo que nos tem tornado perplexos em relação às providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de se compreenderem terão ali explicação. Os mistérios da graça nos serão explanados. Onde nossa mente finita apenas descobria confusão e promessas fragmentadas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito determinou as experiências que pareciam as mais probantes. Ao compreendermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas cooperarem para o nosso bem, regozijar-nos-emos com indizível alegria, cheios de glória. VE 235 2 Não poderá existir a dor na atmosfera do Céu. No lar dos remidos não haverá lágrimas, nem cortejos fúnebres, nem trajes de luto. "Morador nenhum dirá: enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade." Isaías 33:24. Abundante torrente de ventura fluirá e se avolumará com o decorrer da eternidade. VE 235 3 Ainda nos encontramos por entre as sombras e torvelinhos das atividades terrestres. Consideremos com maior empenho o bem-aventurado além. Que a nossa fé penetre através de toda nuvem de trevas, e contemple Aquele que morreu pelos pecados do mundo. Ele abriu as portas do Paraíso para todos quantos O recebam e nEle creiam. Dá-lhes o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus. Que as aflições que tão profundamente nos penalizam, se tornem instrutivas lições, que nos ensinem a avançar para o prêmio celestial de nossa alta vocação em Cristo. Animemo-nos com o pensamento de que o Senhor em breve virá. Que esta esperança nos alegre o coração. "Ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:37. Bem-aventurados são os servos que, quando o Senhor vier, forem encontrados vigiando. Rumo ao lar VE 236 1 Estamos em caminho para o lar. Aquele que nos amou a ponto de morrer por nós, construiu-nos uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de descanso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Jamais se ouvirão nela gemidos de pesar, nem lamentos por esperanças malogradas ou amizades desfeitas. Logo as vestes de tristeza serão transformadas em trajes nupciais. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei. Aqueles cuja vida estiver escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus. VE 236 2 Não demorará muito para que vejamos Aquele em quem se centralizam as nossas esperanças de vida eterna. E, em Sua presença, todas as provações e sofrimentos desta vida serão como nada. "Não rejeiteis, pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:35-37. Olhai para cima, olhai para cima, e vossa fé aumente continuamente. Que esta fé vos guie pelo caminho estreito, às portas da cidade de Deus, ao grande além, ao vasto e ilimitado futuro de glória destinado aos remidos. "Sede, pois irmãos pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima." Tiago 5:7-8. ------------------------Apêndices O dom de profecia VE 237 1 No princípio, quando o homem foi criado e posto no jardim do Éden, podia falar face a face com seu Criador e com os anjos. Com a entrada do pecado, esse privilégio lhe foi retirado. O homem ficou sujeito à morte, e incapaz de olhar para a maravilhosa glória de Deus ou viver em Sua presença. VE 237 2 Mas, conquanto o homem decaído não mais pudesse falar diretamente com Deus, nosso amante Pai celestial sempre tem mantido comunicação com a família humana. Mediante o ministério dos santos anjos, Ele proveu para os homens e mulheres proteção contra as influências do mal, e auxílio para viverem de acordo com Sua vontade. E, por meio do poder de Seu Espírito Santo, Deus tem falado ao coração dos homens, e possibilitado, mesmo ao mais pecador e ignorante, achar o caminho que conduz à maneira exata de agir e à vida eterna. VE 237 3 Deus tem também falado à raça decaída por meio de escolhidos instrumentos humanos, a quem, mediante visões e sonhos, comunicou o conhecimento de Seu propósito. Esses mensageiros de Sua vontade têm sido conhecidos como homens santos, ou profetas, separados pelo próprio Senhor para a obra especial de receber e comunicar à humanidade a verdade do Céu. "Se entre vós houver profeta", declara Deus, "Eu, o Senhor, em visão a Ele Me farei conhecer, ou em sonhos falarei com Ele." Números 12:6. VE 237 4 A Escritura Sagrada é uma compilação dos escritos de homens singularmente honrados por Deus. Ao povo que vivia em seu tempo esses homens transmitiram mensagens divinas; ensinaram verdades espirituais e deram conselhos e advertências à Igreja para tempos futuros. Aos profetas "foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, ...vos pregaram o evangelho". 1 Pedro 1:12. Na era patriarcal VE 238 1 O dom de profecia não se limita a certa época. Encontram-se, no relato inspirado, exemplos de sua manifestação desde os tempos primitivos. Enoque, o sétimo depois de Adão, foi profeta. Olhando através dos séculos, viu em visão profética a vinda do Senhor e a execução do juízo final sobre os ímpios. Judas 14-15. O Senhor apareceu em visão a Abraão, Isaque e Jacó, predizendo as bênçãos que concederia à sua posteridade. Com eles renovou Seu concerto, fazendo-lhes ver de antemão a recompensa final dos justos, e contemplar as glórias da cidade celestial, cujo Construtor e Artífice é Deus. Hebreus 11:10. VE 238 2 Moisés, escolhido por Deus para guiar os israelitas, do cativeiro do Egito à terra de Canaã, foi um poderoso profeta. Predizendo a vinda do Messias, disse: "O Senhor teu Deus te despertará um Profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a Ele ouvireis." Deuteronômio 18:15. Deus deu muitas revelações a este homem fiel; e, conquanto a glória divina não lhe fosse inteiramente revelada, a Palavra declara que Deus falava com ele "cara a cara". Deuteronômio 34:10. VE 238 3 Depois de os filhos de Israel se estabelecerem em Canaã, a influência dos idólatras, de que se achavam cercados, desviou-os do verdadeiro Deus para a adoração do Sol, da Lua, das estrelas, bem como para o culto das imagens de escultura, feitas de ouro, prata, madeira e pedra. Assim transgrediram os mandamentos do Céu que haviam sido dados para seu próprio bem. O amante coração de Deus sofreu ao ver a nação escolhida transviada de seu Criador e Benfeitor, e seguindo procedimento que a levaria à ruína. VE 239 1 Por entre a apostasia geral, alguns havia que mantinham aliança com Jeová; e dentre estes Deus escolhia profetas a quem comissionava para exortar o povo ao arrependimento e advertir dos males que seu proceder certamente lhes acarretaria. "O Senhor, Deus de seus pais, lhes enviou a Sua palavra pelos Seus mensageiros, madrugando e enviando-lhos; porque Se compadeceu do Seu povo e da Sua habitação." 2 Crônicas 36:15. VE 239 2 Entre os profetas de Israel, salientaram-se Samuel, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Com palavras veementes exortavam o povo a que se apartassem de seus maus caminhos, assegurando-lhe que o Senhor os receberia com indulgência e abençoaria, e os curaria de seu estado transviado. Alguns dos escritos desses profetas têm aplicação especial para o tempo em que vivemos. Escreveram de coisas que deveriam acontecer "nos últimos dias" (Isaías 2:2), ou no tempo do fim. Daniel 12:4. No primeiro advento de Cristo VE 239 3 O último dos profetas do Antigo Testamento foi Malaquias. Durante o período do formalismo que precedeu o aparecimento de Cristo, tanto quanto o indique qualquer relato existente, não houve manifestação do dom de profecia. Foram, porém, enviados profetas para preparar o caminho para o Messias. Zacarias, pai de João Batista, "foi cheio do Espírito Santo, e profetizou". Lucas 1:67. Simeão, homem "justo e temente a Deus", que "esperando a consolação de Israel", veio pelo Espírito ao templo e profetizou, de Jesus, que seria uma "luz para alumiar as nações, e para glória de Teu povo Israel". Ana, a profetisa, "falava dEle a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém". Lucas 2:25, 32, 38. E não houve em época alguma profeta maior do que João Batista, escolhido por Deus para proclamar a Israel o advento do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". João 1:29. Nos dias dos apóstolos VE 240 1 O princípio da era cristã foi assinalado pelo derramamento do Espírito Santo e pela manifestação dos vários dons espirituais; e entre eles estava o dom de profecia. No livro dos Atos lemos os discursos inspirados de Pedro e Estêvão, de outros cristãos da igreja primitiva, bem como das quatro filhas de Filipe, "donzelas, que profetizavam", e de um profeta chamado Ágabo. Atos 21:9. VE 240 2 O apóstolo Paulo teve visões da glória do Céu. 2 Coríntios 12:1-7. No duodécimo capítulo de 1 Coríntios ele dedica extensa consideração aos dons do Espírito que foram outorgados, não para uma época somente, mas "até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo". Efésios 4:13. "A uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas." 1 Coríntios 12:28. VE 240 3 João, o último sobrevivente dos doze apóstolos de Jesus, era profeta. No último livro da Bíblia, ele fala das visões que lhe foram dadas quando estava desterrado na ilha de Patmos. Registrando essas visões, declara serem elas "a revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer"; e diz que Cristo "as enviou, e as notificou à João Seu servo; o qual testificou da Palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo que tem visto". Apocalipse 1:1-2. Desaparecimento durante a grande apostasia VE 241 1 As Escrituras predizem a grande apostasia, que mesmo nos dias dos apóstolos começara a manifestar-se entre certos falsos irmãos da igreja, e finalmente deveria culminar na manifestação do "homem do pecado, o filho da perdição", de quem Paulo escreveu aos Tessalonicenses. 2 Tessalonicenses 2:1-7. VE 241 2 Em cumprimento desta predição, contam-nos os relatos históricos que, seguindo-se à morte do último dos apóstolos de Jesus, alguns membros da igreja cristã começaram a afastar-se da singeleza da verdade ensinada por Cristo; e pouco a pouco foram levados a unir-se com o mundo nas práticas pagãs. VE 241 3 Passando-se os anos, e crescendo a igreja em número de adeptos e em popularidade, houve muitos que se tornaram cada vez menos estritos em sua obediência ao ensino da Bíblia, até que finalmente no quinto e sexto séculos depois de Cristo, a maior parte dos que professavam ser cristãos não viviam realmente em conformidade com os ensinos de Cristo. Durante muitos séculos, dali em diante, predominou um forma apóstata de cristianismo. A verdade foi suprimida e perdida de vista, e prevaleceu a ignorância. VE 242 1 A esses séculos de apostasia chama a História "Idade Escura", durante a qual se fizeram tentativas para alterar ou rejeitar muitos dos ensinos fundamentais da Bíblia. Em tais circunstâncias, não é para surpreender que naquele tempo, assim como nos séculos que imediatamente precederam o primeiro advento de Cristo, a manifestação do dom de profecia houvesse quase totalmente desaparecido. Restabelecimento nos últimos dias VE 242 2 As Escrituras, porém, ao mesmo tempo que predizem esta terrível apostasia, também ensinam explicitamente que, pouco antes da segunda vinda de Cristo, muitos serão libertos das trevas do erro e da superstição. Mais uma vez a Terra deve ser iluminada com a glória de Deus. As puras verdades da Bíblia devem resplandecer. E neste tempo de iluminação celeste, assinalando a aproximação do fim dos séculos, deverão novamente manifestar-se na verdadeira igreja os dons do Espírito. "E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do Meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do Meu Espírito derramarei sobre os Meus servos e Minhas servas naqueles dias, e profetizarão." Atos 2:17-18. VE 242 3 Em termos claros o profeta João fala dos remanescentes, ou da última igreja, como sendo os que "guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo". Apocalipse 12:17. Noutro passo dá o mesmo escritor uma definição clara do que ele quer dizer com a expressão "testemunho de Jesus". Quando uma ocasião João pretendia adorar o anjo que lhe aparecera em visão, disse este: VE 243 1 "Olha não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus: adora a Deus." Apocalipse 19:10. VE 243 2 Em idênticas circunstâncias o mesmo anjo disse, como se acha registrado noutro lugar: VE 243 3 "Olha não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas." Apocalipse 22:9. VE 243 4 O pensamento expresso é o mesmo em ambos estes passos. Num deles, entretanto, é dito que os "irmãos" de João têm "o testemunho de Jesus"; no outro esses irmãos são chamados "os profetas". VE 243 5 Portanto, são os profetas que têm o "testemunho de Jesus"; e o anjo que apareceu a João é evidentemente o mensageiro especial que traz instrução para todos os profetas -- sem dúvida é o anjo Gabriel, que apareceu a Daniel. Daniel 8:16; 9:21. O mesmo anjo disse mais a João: "o testemunho de Jesus é o espírito de profecia". Apocalipse 19:10. VE 243 6 Comparando a expressão bíblica do "testemunho de Jesus" com a declaração de Apocalipse 12:17, relativa ao "resto ... que guarda os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo", concluímos que, antes da segunda vinda de Cristo, Sua verdadeira igreja guardará seus mandamentos e terá o Espírito de Profecia. VE 243 7 O rápido cumprimento das predições das Escrituras Sagradas relativas aos sinais e acontecimentos que deveriam caracterizar as cenas finais da história da Terra é uma prova evidente de que estamos vivendo agora nos últimos dias. Portanto, deve existir hoje um grupo de cristão que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus Cristo -- O Espírito de Profecia. Onde os encontramos? Provado pela palavra VE 244 1 Em conseqüência do fanatismo resultante da obra de homens que falsamente se dizem ensinados por Deus, muitas pessoas sensatas olham com grande desconfiança ou mesmo incredulidade para quem pretenda haver recebido revelações divinas. Entretanto, o pesquisador da verdade tanto deve precaver-se contra o engano dos falsos profetas ou ensinadores, como contra sua própria falta em não reconhecer os que são verdadeiros. "Não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retende o bem." 1 Tessalonicenses 5:20-21. VE 244 2 De conformidade com esta exortação, cumpre aos crentes em Cristo tomar em sincera consideração as provas da direção divina do atual movimento adventista, bem como a manifestação do dom de profecia ligada a este movimento. Menosprezar a obra do Espírito Santo, manifesta por meio desse dom, é perigoso. Contudo, somos advertidos a acautelar-nos dos "falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores". E a prova é: "Por seus frutos os conhecereis." VE 244 3 Tão impossível é para os homens colher "uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos" como encontrar verdade pura e poder santificador procedendo de um vil impostor. "Toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. ... Portanto, pelos seus frutos os conhecereis." Mateus 7:15-20. VE 244 4 Os ativos trabalhos de Ellen G. Harmon, conhecida, depois de seu casamento, por Sra. Ellen G. White, abrangeram um período de setenta anos, sessenta dos quais foram passados na América do Norte, e dez na Europa e Australásia. Durante esse longo tempo ela foi agraciada com muitas revelações, que acreditava provirem do Céu, e esforçou-se fielmente por escrevê-las para instrução da Igreja. Muitos volumes de seus escritos foram publicados e têm circulação mundial. Muitos milhares de pessoas, convencidas pelas Escrituras de que estamos vivendo próximo ao final da história da Terra, têm sido levadas a crer que a Sra. White foi um instrumento por cujo meio Deus falou pelo Espírito de Profecia à Sua Igreja remanescente. Essa crença é certamente digna de consideração. O caráter de seu trabalho deve ser julgado por sua própria vida, por seus ensinos, e pela natureza das revelações que recebeu. VE 245 1 A Sra. White sempre desejava que seu trabalho e ensinos fossem provados pela norma da Palavra de Deus, tal como se acha revelada nas Escrituras Sagradas. "Que os testemunhos sejam julgados pelos seus frutos", escreveu ela. "Que espírito revelam seus ensinos? Qual tem sido o resultado de sua influência? ... Ou Deus está ensinando a Sua igreja, reprovando os seus erros e fortalecendo a sua fé, ou não está. Essa obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra ... ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso." VE 245 2 "Desde que o Senhor Se tem manifestado pelo Espírito de Profecia, o passado, o presente e o futuro se desenrolaram diante de meus olhos. Foram-me mostrados rostos que eu nunca vira, e anos depois, vendo-os tornei a reconhecê-los. Tenho sido despertada do sono sob a viva impressão de assuntos que previamente foram sugeridos à minha mente; e, à meia-noite, punha-me a escrever cartas que atravessaram o continente, chegando ao seu destino em momentos de crise e evitando à obra de Deus graves prejuízos. Isso tem sido o meu trabalho durante muitos anos. Uma virtude me impelia a reprovar e censurar faltas de que eu não tinha a menor noção. Seria essa minha obra... uma obra de cima ou da Terra? ... Os que realmente desejam conhecer a verdade, hão de encontrar provas suficientes em que apoiar sua fé." -- Testemunhos Seletos 2:286-287. A missão de Cristo engrandecida VE 246 1 A encarnação de Jesus Cristo, o divino Filho de Deus -- "Cristo em vós, esperança da glória" (Colossences 1:27), é o grande tema do evangelho. "NEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nEle." Colossences 2:9-10. A aceitação ou rejeição desta verdade vital é uma das provas divinamente indicadas para alguém que pretenda ter o dom de profecia. VE 246 2 "Não creiais a todo o espírito", escreveu o apóstolo João "mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus." 1 João 4:1-3. VE 246 3 Profetas falsos não exaltam a Cristo. Antes chamam a atenção para si mesmos. "Falarão coisas perversas, para atrair os discípulos após si." Atos 20:30. A fim de conseguir isso, ensinam de maneira a agradar a mente carnal daqueles que em seu coração "dizem aos videntes: Não vejais; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis". Isaías 30:10. Estes pretensos profetas ou ensinadores "do mundo são; por isso falam do mundo, e o mundo os ouve". 1 João 4:5. VE 246 4 Nos ensinos da Sra. White, Cristo é reconhecido e exaltado como o único Salvador para os pecadores. Afora Cristo, "debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". Atos 4:12. Em seu próprio trabalho para o Mestre, ela exemplificou as seguintes instruções por ela dadas a seus irmãos no ministério: VE 247 1 "Cristo crucificado, Cristo ressurgido, Cristo assunto ao Céu, Cristo vindo outra vez -- deve abrandar, alegrar, e encher o espírito do ministro, por tal forma, que ele apresente estas verdades ao povo em amor e profundo zelo. O ministro desaparecerá então, e Jesus será revelado. "Exaltai a Jesus, vós que ensinais o povo, exaltai-O nos sermões, em cânticos, em oração. Que todas as vossas forças conviriam para dirigir ao 'Cordeiro de Deus' almas confusas, transviadas, perdidas. Erguei-o, ao ressuscitado Salvador, e dizei a todos quantos ouvem: Vinde Àquele que 'vos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós'. Efésios 5:2. Seja a ciência da salvação o tema central de todo sermão, de todo hino. Seja ela manifestada em toda súplica. Não introduzais em vossas pregações coisa alguma que seja um suplemento a Cristo, a sabedoria e o poder de Deus. Mantende perante o povo a Palavra da vida, apresentando Jesus como a esperança do arrependimento e a fortaleza de todo crente. Revelai o caminho da paz à alma turbada e acabrunhada, e manifestai a graça e suficiência do Salvador." -- Obreiros Evangélicos, 159-160. "À lei e ao testemunho" VE 247 2 O inimigo da justiça sempre se tem esforçado para levar os homens a desrespeitar os reclamos da lei de Jeová. E mediante Seus profetas Deus sempre tem procurado levar os homens à compreensão das prescrições obrigatórias de Sua lei eterna e imutável. Está escrito acerca de Seu antigo povo: "E o Senhor protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas, e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os Meus mandamentos e os Meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que Eu vos enviei pelo ministério de Meus servos, os profetas." 2 Reis 17:13. VE 248 1 Nesta época em que vivemos, em que há manifesta e generalizada tendência para desprezar as normas da lei de Deus, a Sra. White, firme e destemidamente, esforçou-se por despertar a consciência dos homens para a santidade dos mandos divinos. A imutabilidade daquela lei, e a necessidade vital de obediência, mediante o poder de Cristo, a cada um de seus reclamos, inclusive o quarto mandamento, têm sido constantemente encarecidas em seu trabalho público. Sobre a relação da lei para com o evangelho, escreveu ela: VE 248 2 "Na vida de Cristo se tornam patentes os princípios da lei; e, ao tocar o Espírito Santo de Deus o coração, ao revelar a luz de Cristo aos homens a necessidade que têm de Seu sangue purificador e de Sua justificadora justiça, a lei é ainda um instrumento para nos levar a Cristo a fim de sermos justificados pela fé. 'A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma.' Salmos 19:7. VE 248 3 "'Até que o céu e a Terra passem', disse Jesus, 'nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.' Mateus 5:18. O Sol que brilha no céu, a sólida Terra sobre que habitamos, são testemunhas de Deus, de que Sua lei é imutável e eterna. Ainda que passem, perdurarão os divinos preceitos. 'É mais fácil passar o céu e a Terra do que cair um til da lei.' Lucas 16:17. O sistema de tipos que apontavam para Cristo como o Cordeiro de Deus, devia ser abolido por ocasião de Sua morte; mas os preceitos do decálogo são tão imutáveis como o trono de Deus." -- O Desejado de Todas as Nações, 308. As Escrituras sendo honradas VE 248 4 Os escritos da Sra. White indicam constantemente a Bíblia como a grande fonte de toda a verdade espiritual. São abundantes em citações escriturísticas, às quais ela não dá interpretação fantasiosa. Seus escritos não são, pelos adventistas do sétimo dia, considerados um acréscimo à Bíblia, nem seu estudo deve ocupar o lugar do estudo da Bíblia. Ela própria escreveu: VE 249 1 "A Palavra de Deus é suficiente para iluminar o espírito mais obscurecido, e pode ser entendida por aqueles que a desejam compreender. Não obstante, alguns dos que professam fazer da Palavra de Deus o seu estudo, procedem de maneira que é contrária aos seus mais claros ensinos. Portanto, para que homens e mulheres fiquem sem desculpa, Deus lhes dá testemunhos claros e diretos, fazendo-os voltar à Palavra que negligenciaram seguir." "Os testemunhos não são para diminuir a Palavra de Deus, mas para exaltá-la e atrair para ela os espíritos, para que a bela simplicidade da verdade impressione a todos." VE 249 2 "Nossa divisa deve ser: 'À Lei e ao Testemunho! se eles não falarem segundo esta Palavra, é porque não têm iluminação.' Isaías 8:20 (VT). Temos uma Bíblia cheia da mais preciosa verdade. Ela contém o alfa e o ômega do conhecimento. A Escritura, dada por inspiração de Deus, é 'proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra'. 2 Timóteo 3:16-17. Tomai a Bíblia como o vosso livro de estudo." -- Obreiros Evangélicos, 309. VE 249 3 Aos seus irmãos do ministério, ela escreveu: "Não defendais teorias nem provas que Cristo jamais mencionou e não têm fundamento na Bíblia. Temos verdades grandiosas e solenes para o povo. 'Está escrito' é a prova que deve ser apresentada a toda alma. Recorramos à Palavra de Deus para obter guia. Busquemos um 'Assim diz o Senhor'. Temos tido já bastantes métodos humanos. Um espírito adestrado na ciência mundana unicamente, deixará de compreender as coisas de Deus; mas a mesma mente, convertida e santificada, verá na Palavra o poder divino." Cumprimento das predições VE 250 1 Uma das características que distinguem o Deus verdadeiro de todos os falsos é o poder de comunicar-Se com os homens tanto acerca do passado como do futuro. Por meio do profeta Isaías, Jeová lança um desafio aos deuses adorados pelos gentios: "Anunciai-nos as coisas passadas, para que atentemos para elas, e saibamos o fim delas; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses." Isaías 41:22-23. E por causa da incapacidade desses falsos deuses para fazerem isso, Jeová declara: "Eis que sois menos do que nada e a vossa obra é menos do que nada: abominação é quem vos escolhe." Isaías 41:24. VE 250 2 Uma das provas indicadas por Deus para o reconhecimento do verdadeiro profeta é o exato cumprimento de suas palavras. Ao antigo Israel Deus disse por meio de Moisés, que foi poderoso profeta: VE 250 3 "Se disseres no teu coração: Como conheceremos a palavra que o Senhor não falou? Quando o tal profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra se não cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou o tal profeta, não tenhas temor dele." Deuteronômio 18:21-22. VE 250 4 Muitos exemplos poderiam ser mencionados em que foi conferida previsão profética à Sra. White. Muitas vezes ela viu em visão pessoas a quem não conhecia. Mais tarde, em suas viagens, encontrou-as, e apresentou-lhes mensagens a elas destinadas, que lhe tinham sido conferidas em visão -- mensagens que revelavam conhecimento de suas ações ou intuitos, o que ela não poderia ter recebido de qualquer fonte humana. VE 251 1 Nos primeiros anos de seu trabalho, numa ocasião em que ela, seu esposo e o Pastor José Bates eram quase os únicos que pregavam a verdade do sábado, foi-lhe revelado a futura expansão do movimento, então incipiente, e de que eles eram os vanguardeiros. A 1º de novembro de 1848, numa reunião realizada em Dorchester, Massachusetts, foi concedido à Sra. White uma visão em que contemplou a mensagem simbolizada pelo Sol nascente, que aumentava de intensidade até iluminar o mundo todo. VE 251 2 Depois desta visão, ela disse ao esposo que o Senhor desejava que ele iniciasse a publicação de uma pequena revista, e a obra de publicar a verdade cresceria até que as publicações se assemelhassem a torrentes de luz que envolveriam a Terra. Sob o ponto de vista humano, essa era na verdade uma predição ousada. Os crentes eram pouquíssimos em número, pobres em bens deste mundo, e suas doutrinas eram muito impopulares. Deus, porém, para quem todas as coisas são possíveis, cumpriu maravilhosamente essa palavra. Desde aquele tempo, a publicação de literatura repleta da verdade, efetuada por esta denominação, tem constantemente aumentado até que a venda da matéria impressa, em todas as partes do mundo, atinge a milhões de dólares anuais. VE 251 3 Relatando suas primeiras visões, a Sra. White estampou graficamente as experiências pelas quais o povo adventista deverá passar antes que o Senhor volte. Numa ocasião em que as manifestações do espiritismo se limitavam às "pancadas misteriosas", em Rochester, Nova Iorque, foi-lhe mostrado o crescimento rápido e fenomenal que aquele culto teria no futuro. Predisse a decretação de leis que obrigariam a observância do domingo em países em que naquela ocasião prevalecia inteira liberdade religiosa. Todas estas predições e muitas outras foram publicadas e difundidas amplamente. Os mutáveis acontecimentos ocorridos desde que estas predições foram escritas, têm demonstrado a veracidade de muitas delas, e seu cumprimento tem inspirado confiança crescente de que suas profecias relativas ao triunfo final da causa dos adventistas do sétimo dia igualmente se cumprirão. A prosperidade desse movimento tem sido promovida de maneira assinalada mediante os conselhos e advertências que pela sua voz e pena receberam os dirigentes e obreiros. Seu estado durante as visões VE 252 1 Especialmente durante os primeiros anos de sua obra, as visões da Sra. White eram freqüentemente concedidas na presença de muitas testemunhas. Durante essas manifestações ela ficava inteiramente inconsciente de tudo quanto a rodeava na Terra. Contudo, freqüentemente andava e fazia graciosos gestos enquanto descrevia as cenas que testemunhava. Sua força em tais ocasiões era fenomenal. Homens fortes esforçavam-se por mover sua mão ou braço da posição em que os mantinha, mas não o conseguiam. Uma ocasião, em casa do Sr. Curtis, em Topsham, Maine, em 1845, ela tomou de sobre a cômoda uma grande Bíblia de uso da família, que pesava cerca de oito quilos, e, segurando-a com o braço esquerdo estendido, em posição mais alta que a cabeça, virava as páginas com a mão direita. E então com os olhos voltados para cima em direção diversa da do livro, lia corretamente muitas passagens das Escrituras, apontando os versículos com o indicador da mão direita. Com sua força normal ela teria dificuldade mesmo para levantar aquele pesado volume; enquanto, porém, de modo sobrenatural fortalecida em visão, susteve-o erguido, com o braço estendido, durante mais de meia hora. VE 253 1 Relatando suas visões, a Sra. White freqüentemente falava de alguém que a instruía, a quem chamava "meu anjo assistente", "meu instrutor" ou "meu guia". Por meio dessas expressões referia-se a um anjo resplendente, glorioso, que invariavelmente agia como seu guia e instrutor. VE 253 2 Posto que a Sra. White muitas vezes falasse quando em visão, todavia nenhum fôlego lhe saía dos lábios. Em 26 de junho de 1854, em Rochester, Nova Iorque, estando ela em visão, dois médicos se esforçaram por mostrar que devia haver alento em seus pulmões. Entre outras provas, foi posta uma vela acesa tão perto de seus lábios quanto possível sem os queimar; entretanto não houve nenhuma agitação na chama, embora naquela ocasião ela estivesse falando com força. A primeira indicação de que voltava da visão era uma inspiração profunda. Talvez se passassem vários segundos antes que tomasse o segundo fôlego. Então, depois de mais algumas inspirações profundas, voltava a respirar normalmente. VE 253 3 Essas condições físicas são análogas às do profeta Daniel, quando em visão, conforme ele as registra no décimo capítulo de sua profecia. Ele se refere a uma perda de força, e ao aparecimento de um anjo que lhe comunicava força sobrenatural. "Quanto a mim", declara ele, "desde agora não resta força em mim, e não ficou em mim fôlego. E uma como semelhança de um homem me tocou outra vez, e me confortou." Daniel 10:17-18. Uma testemunha ocular VE 253 4 O Pastor Urias Smith, que durante sua vida privou com a Sra. White, e seu esposo, deu o seguinte testemunho atinente ao dom especial que ela possuía: VE 254 1 "Todas as provas a que se podem submeter essas manifestações demonstram serem elas genuínas. As comprovações, tanto internas como externas, são conclusivas. Estão de acordo com a Palavra de Deus e consigo mesmas. Manifestam-se quando o Espírito de Deus está presente de maneira especial, a não ser que as pessoas mais aptas para julgar estejam invariavelmente enganadas. Tranqüilas, nobres e impressionantes, impõem-se elas a todos os que as contemplam como efetivamente o contrário daquilo que é falso e fanático. VE 254 2 "Seu fruto é de molde a mostrar que a fonte de que elas procedem é contrária ao mal. VE 254 3 "1. Seu objetivo é da mais pura moralidade. Condenam todo vício e exortam à prática de toda virtude. Indicam os perigos pelos quais devemos passar para irmos ao reino. Revelam os ardis de Satanás. Previnem-nos contra suas ciladas. Têm surpreendido ainda em estado embrionário planos após planos de fanatismo, que o inimigo tem procurado incutir em nosso meio. Desmascararam hedionda iniqüidade, revelaram faltas ocultas, e descobriram os maus intuitos dos hipócritas. Elas nos têm movido e induzido a maior consagração a Deus, a mais zelosos esforços pela santidade de coração, e a maior diligência na causa e serviço de nosso Mestre. VE 254 4 "2. Conduzem-nos a Cristo. Como a Bíblia, apresentam-nO como a única esperança e único Salvador da humanidade. Descrevem-nos em vívidos caracteres, Sua vida santa e exemplo piedoso, e com apelos irresistíveis nos exortam a seguir Seus passos. VE 254 5 "3. Conduzem-nos à Bíblia. Apresentam aquele livro como a Palavra de Deus, inspirada e inalterada. Exortam-nos a tomar aquela Palavra como nossa conselheira, e como norma de fé e prática. E, com força impelente, solicitam-nos que estudemos suas páginas, detida e diligentemente, e nos familiarizemos com seus ensinos, pois ela deve julgar-nos no último dia. VE 255 1 "4. Têm confortado e consolado muitos corações. Têm fortalecido o débil, animado o fraco, reerguido o desanimado. Da confusão têm trazido a ordem, tornando direitos os lugares tortos, e lançando luz sobre o que era negro e obscuro. Pessoa alguma, que esteja isenta de preconceitos, poderá ler seus comoventes apelos para uma moralidade pura e elevada, sua exaltação de Deus e do Salvador, sua denúncia de todo mal e suas exortações a tudo que é santo e de boa fama; sem ser compelida a dizer: 'Estas palavras não são de endemoninhado.'" O valor de sua obra VE 255 2 Depois de setenta anos de trabalho ativo em muitos países, escrevendo e pregando, a Sra. White adormeceu pacificamente em Jesus, em seu lar, próximo de Santa Helena, Califórnia, a 16 de julho de 1915. Foi sepultada ao lado de seu esposo no cemitério de Oak Hill, em Battle Creek, Michigan, em 24 de julho. No sermão fúnebre, o Pastor A. G. Daniells, presidente da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, disse, referindo-se ao seu trabalho: VE 255 3 "Talvez não tenhamos sabedoria bastante para bem definir que parte precisamente da obra da Sra. White foi de maior valor para o mundo; todavia, parece que a grande quantidade de literatura profundamente religiosa que deixou, se mostra ser da maior utilidade para todos. Seus livros são em número acima de vinte volumes. Alguns deles foram traduzidos para muitas línguas, em diferentes partes do mundo, tendo alcançado uma circulação de mais de dois milhões de exemplares, e continuam a propagar-se aos milhares. VE 255 4 "Ao observar-se o campo da verdade evangélica -- a relação do homem para com seu Senhor e seus semelhantes -- vê-se que a obra da Sra. White deu a estes grandes fundamentos um apoio positivo e construtivo. Ela tocou cada ponto das necessidades vitais da humanidade, e a ergueu a um nível mais alto. VE 257 1 "Ela repousa agora. Sua voz silenciou; depôs a pena. Mas a influência poderosa dessa vida ativa, esforçada e repleta do Espírito Santo, continuará. Sua vida, ligada às coisas eternas, cumpriu-se em Deus. A mensagem proclamada e a obra feita deixaram um monumento que nunca desmoronará nem perecerá. Os muitos volumes que deixou, em que trata de cada aspecto da vida humana, e insiste em cada reforma necessária para o melhoramento da sociedade, representada na família, cidade, Estado e nação, continuarão a moldar o sentimento público e o caráter individual. Suas mensagens serão mais apreciadas do que o foram no passado. A causa a que dedicou a vida, e que foi tão moldada e prosperou tanto por essa mesma vida, avançará com vigor e rapidez crescentes através dos anos. Nós que estamos identificados com essa causa, não precisamos alimentar receio algum, a não ser o de deixarmos de cumprir nossa parte tão fielmente como deveríamos." ------------------------Visões do Céu ViC 5 1 Prefácio ViC 9 1 Capítulo 1 -- O Caminho para o Céu ViC 13 1 Capítulo 2 -- Sua Promessa será Cumprida ViC 19 1 Capítulo 3 -- Prometida a Volta de Jesus ViC 26 1 Capítulo 4 -- O Povo de Deus é Liberto ViC 31 1 Capítulo 5 -- A Segunda Vinda de Jesus ViC 53 1 Capítulo 6 -- Nossa Herança Eterna ViC 60 1 Capítulo 7 -- Uma Atmosfera Celestial ViC 67 1 Capítulo 8 -- Finalmente Face a Face ViC 77 1 Capítulo 9 -- O Éden Restaurado ViC 81 1 Capítulo 10 -- Quem Estará Lá ViC 99 1 Capítulo 11 -- Alguns Já Estão Lá ViC 106 1 Capítulo 12 -- Alguns que Não Estarão Lá ViC 116 1 Capítulo 13 -- Mil Anos no Céu ViC 122 1 Capítulo 14 -- O Fim do Mal ViC 133 1 Capítulo 15 -- A Terra Renovada ViC 146 1 Capítulo 16 -- O Céu É Uma Escola ViC 159 1 Capítulo 17 -- Não tardara ViC 167 1 Capítulo 18 -- O céu pode comecar agora ViC 177 1 Capítulo 19 -- A musica do céu ViC 185 1 Capítulo 20 -- Um apelo para estarmos lá ------------------------Prefácio ViC 5 1 Através dos séculos, a promessa de Jesus em João 14:2, 3 tem enchido de esperança o coração dos cristãos: "Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que, onde Eu estiver, estejais vós também." Nos momentos mais escuros de desespero, desânimo, desapontamentos e derrotas, a esperança de viver com Jesus no Céu tem afastado as nuvens, iluminado o dia e animado as pessoas. ViC 5 2 O Céu. Como será? Não há palavras adequadas para descrevê-lo, mas as Santas Escrituras nos dão vislumbres do glorioso futuro. Sob todos os aspectos, haverá harmonia, paz, amor e perfeita unidade. Também, absoluta pureza, santidade e toda a felicidade. Não se achará tristeza, choro e dor. E o melhor de tudo, não existirá mais a morte. ViC 5 3 "Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na pessoa encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. A pura comunhão com seres santos, a vida social harmoniosa com os santos anjos e com os fiéis de todos os tempos, a santa associação que reúne 'toda a família nos Céus e na Terra' (Efésios 3:15), tudo fará parte da experiência do além." -- Educação, 306. ViC 5 4 Estamos aguardando em feliz antecipação o dia em que Jesus retornará à Terra, não como um Homem de dores, mas como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Nesse dia, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, depois, os Seus seguidores que estiverem vivos serão "transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos" (1 Coríntios 15:51, 52), e todos juntos, nessa multidão de remidos, agora imortais, irão viajar através do tempo e do espaço, em direção ao Paraíso de Deus, ao Céu. ViC 6 1 Este livro apresenta gloriosas visões da vida futura, tanto no Céu quanto na Nova Terra. Ele nos ajuda a ouvir pela fé a melodia cantada pelos anjos e pelos remidos. Ele nos anima com as perspectivas de participar de fascinantes projetos e atividades. Que, ao perceber a maravilha e a realidade da vida futura, você, prezado leitor, tome a decisão de estar entre os cidadãos do Céu, vivendo para sempre naquele lugar onde ninguém se tornará velho. Depositários do Patrimônio Literário White. ------------------------Capítulo 1 -- O caminho para o céu Obrigatoriamente através de Jesus ViC 9 1 "Não se turbe o vosso coração", disse [Jesus]; "credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho." João 14:1-4. Em outras palavras: Por amor de vocês vim ao mundo. Estou trabalhando em seu benefício. Quando Eu for, continuarei ainda a trabalhar fervorosamente por vocês. Vim ao mundo para Me revelar a vocês, para que pudessem crer. Vou para o Pai para cooperar com Ele em seu favor. ViC 9 2 O objetivo da partida de Jesus era o contrário daquilo que temiam os discípulos. Não significava uma separação definitiva. Ia preparar-lhes lugar, para que pudesse voltar, e recebê-los junto de Si. Enquanto lhes estava construindo mansões, eles deviam desenvolver um caráter à semelhança divina. ViC 10 1 Ainda os discípulos estavam perplexos. Tomé, sempre envolvido por dúvidas, disse: "Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por Mim. Se vós Me conhecêsseis a Mim, também conheceríeis a Meu Pai; e já desde agora O conheceis e O tendes visto." João 14:5-7. ViC 10 2 Não há muitos caminhos para o Céu. Não pode cada um escolher o seu. Cristo diz: "Eu sou o caminho. ... Ninguém vem a Meu Pai, senão por Mim." João 14:6. Desde que foi pregado o primeiro sermão evangélico, quando no Éden se declarou que a semente da mulher havia de esmagar a cabeça da serpente, Cristo fora exaltado como o caminho, a verdade e a vida. Ele era o caminho ao tempo em que Adão vivia, quando Abel apresentava a Deus o sangue do cordeiro morto, representando o sangue do Redentor. Cristo foi o caminho pelo qual se salvaram patriarcas e profetas. Ele é o único caminho pelo qual podemos ter acesso a Deus. -- O Desejado de Todas as Nações, 663. A certeza de nossa libertação ViC 10 3 Por Sua humanidade, Cristo estava em contato com a humanidade; por Sua divindade, firma-Se no trono de Deus. Como Filho do homem, deu-nos um exemplo de obediência; como Filho de Deus, dá-nos poder para obedecer. Foi Cristo que, do Monte Horebe, falou a Moisés, dizendo: "EU SOU O QUE SOU. ... Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós." Êxodo 3:14. Foi esse o penhor da libertação de Israel. Assim, quando Ele veio "semelhante aos homens", declarou ser o EU SOU. O Infante de Belém, o manso e humilde Salvador, é Deus manifestado "em carne". 1 Timóteo 3:16. A nós nos diz: "EU SOU o Bom Pastor." João 10:11. "EU SOU o Pão Vivo." João 6:51. "EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida." João 14:6. "É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra." Mateus 28:18. EU SOU a certeza da promessa. SOU EU, não temam. "Deus conosco" é a certeza de nossa libertação do pecado, a segurança de nosso poder para obedecer à lei do Céu. -- O Desejado de Todas as Nações, 24, 25. Ajudar outros a encontrarem Jesus ViC 11 1 Cristo a Si mesmo Se entregou a uma morte ignominiosa e torturante, demonstrando o penoso trabalho de Sua alma para salvar os que perecem. Oh! Cristo pode, Cristo deseja, Cristo anela salvar todos os que se achegam a Ele. Falem às pessoas em perigo e incentivem-nas a contemplarem Jesus sobre a cruz, morrendo para que Lhe fosse possível perdoar. Falem ao pecador com o próprio coração transbordante do terno e compassivo amor de Cristo. Haja profunda solicitude; mas nenhuma nota dissonante e ruidosa deve ser ouvida da parte daquele que está procurando conquistar a alma para olhar e viver. Em primeiro lugar, consagrem sua própria vida a Deus. Ao olhar para o seu Intercessor no Céu, quebrantem o próprio coração. Então, abrandados e subjugados, vocês poderão dirigir-se aos pecadores arrependidos como alguém que compreende o poder do amor redentor. ViC 11 2 Orem com essas pessoas, conduzindo -- as pela fé junto à cruz; elevem-lhes a mente com a mente de vocês, para que fixem o olhar da fé onde vocês estão olhando, em Jesus, o Portador de pecados. Façam com que elas desviem o olhar de si mesmas, de seus pecados, e se voltem para o Salvador, e a vitória estará ganha. Elas passarão a contemplar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Verão o Caminho, a Verdade e a Vida. O Sol da Justiça lança seus brilhantes raios dentro do coração. A forte corrente do amor redentor penetra na alma ressequida e sedenta, e o pecador é salvo para Jesus Cristo. ViC 12 1 Cristo crucificado -- falem, orem e cantem isso, o que abrandará e conquistará corações. Este é o poder e sabedoria de Deus para colher almas para Cristo. Frases formais e estereotipadas, a apresentação de assuntos meramente argumentativos, produzirão pouco benefício. O enternecedor amor de Deus no coração dos obreiros será reconhecido por aqueles pelos quais eles trabalham. As pessoas estão sedentas da água da vida. Não sejam cisternas vazias. Se vocês lhes revelarem o amor de Cristo, poderão conduzir os famintos e sedentos a Jesus e Ele lhes dará o pão da vida e a água da salvação. -- Testemunhos para a Igreja 6:66, 67. O verdadeiro caminho conduz ao céu ViC 12 2 Muitos estão perdendo o caminho certo, por pensarem que têm de conquistar o Céu; que têm de fazer algo para merecer o favor de Deus. Procuram tornar-se melhores pelos próprios frágeis esforços. Isso jamais conseguirão realizar. Cristo abriu caminho morrendo como nosso sacrifício, vivendo como nosso exemplo, tornando-Se nosso grande sumo sacerdote. Diz Ele: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida." João 14:6. Se por qualquer esforço nosso pudéssemos subir um único degrau na escada, as palavras de Cristo não seriam verdadeiras. Mas quando aceitamos a Cristo, as boas obras aparecerão, como frutífera prova de que nos achamos no caminho da vida, que Cristo é nosso caminho, e que estamos palmilhando a vereda certa, que conduz ao Céu. -- Mensagens Escolhidas 1:368. ------------------------Capítulo 2 -- Sua promessa será cumprida A tônica das escrituras ViC 13 1 Uma das verdades mais solenes e gloriosas dentre as reveladas na Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção. Ao povo de Deus, por tanto tempo a peregrinar em sua jornada na "região e sombra da morte" (Mateus 4:16), é dada uma esperança preciosa e inspiradora de alegria, na promessa do aparecimento dAquele que é "a ressurreição e a vida" (João 11:25), a fim de levar de novo ao lar Seus filhos exilados. A doutrina do segundo advento é, verdadeiramente, a nota tônica das Sagradas Escrituras. Desde o dia em que o primeiro par volveu os entristecidos passos para fora do Éden, os filhos da fé têm esperado a vinda do Prometido, para quebrar o poder do destruidor e de novo levá-los ao Paraíso perdido. ViC 13 2 Santos homens de antigamente aguardavam o advento do Messias em glória, para a consumação de sua esperança. Enoque, apenas o sétimo na descendência dos que habitaram no Éden, e que na Terra durante três séculos andou com Deus, teve permissão para contemplar de muito longe a vinda do Libertador. "Eis que é vindo o Senhor", declarou ele, "com milhares de Seus santos, para fazer juízo contra todos." Judas 14, 15. O patriarca Jó, quando sofria sua maior aflição, exclamou com inabalável confiança: "Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim Se levantará sobre a Terra. ... Ainda em minha carne verei a Deus. Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão." Jó 19:25-27. -- O Grande Conflito, 299. Para levar seu povo para o lar ViC 14 1 Cristo declarou que virá a segunda vez para reunir a Si os Seus fiéis: "E todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus." Mateus 24:30, 31. -- O Grande Conflito, 37. ViC 14 2 A promessa da segunda vinda de Cristo deveria ser conservada sempre viva na mente de Seus discípulos. O mesmo Jesus, a quem viram subir ao Céu, viria outra vez, para receber aos que na Terra se entregam a Seu serviço. A mesma voz que lhes disse: "Estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20), lhes daria as boas-vindas a Sua presença no reino celestial. -- Atos dos Apóstolos, 33. ViC 14 3 A proclamação da vinda de Cristo deveria ser agora, como quando fora feita pelos anjos aos pastores de Belém, boas-novas de grande alegria. Os que realmente amam ao Salvador saudarão com alegria o anúncio baseado na Palavra de Deus, de que Aquele em quem se centralizam as esperanças de vida eterna vem outra vez, não para ser insultado, desprezado e rejeitado, como se deu no primeiro advento, mas com poder e glória, para remir Seu povo. Os que não amam o Salvador é que não desejam Sua vinda; e não poderá haver prova mais conclusiva de que as igrejas se afastaram de Deus do que a irritação e a animosidade despertada por essa mensagem enviada pelo Céu. -- O Grande Conflito, 339, 340. ViC 15 1 Estas verdades, conforme são apresentadas no capítulo 14 de Apocalipse, em relação com "o evangelho eterno", distinguirão a igreja de Cristo ao tempo de Seu aparecimento. Pois, como resultado da tríplice mensagem, é anunciado: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus." E essa mensagem é a última a ser dada antes da vinda do Senhor. Seguindo-se imediatamente à sua proclamação, pelo profeta é visto o Filho do homem vindo em glória, para ceifar a colheita da Terra. -- O Grande Conflito, 453, 454. Libertação do pecado ViC 15 2 Este mundo foi palmilhado pelo Filho de Deus. Ele veio trazer aos homens a luz e a vida, torná-los livres da servidão do pecado. Ele virá novamente com poder e grande glória, para levar para Si os que durante esta vida seguiram Seus passos. -- Medicina e Salvação, 20, 21. A "redenção da possessão de Deus" ViC 15 3 O propósito original de Deus na criação da Terra será cumprido ao ser ela feita a eterna habitação dos remidos. "Os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre." Salmos 37:29. É chegado o tempo para o qual homens santos de Deus olharam com expectação desde que a flamejante espada barrou ao primeiro par a entrada no Éden, tempo para a "redenção da possessão de Deus". Efésios 1:14. A Terra originariamente dada ao homem como seu reino, por ele entregue às mãos de Satanás, e por tanto tempo mantida pelo poderoso inimigo, foi reconquistada pelo grande plano da redenção. ViC 16 1 Tudo que foi perdido pelo primeiro Adão será restaurado pelo segundo. Diz o profeta: "A ti, ó Torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio." Miquéias 4:8. E Paulo aponta para a "redenção da possessão de Deus". Efésios 1:14. ViC 16 2 Deus criou a Terra para ser habitada por seres santos e felizes. Esse propósito será cumprido quando, renovada pelo poder de Deus e liberta do pecado e da tristeza, ela se tornar o eterno lar dos remidos. -- O Lar Adventista, 540. Para fazer novas todas as coisas ViC 16 3 A obra da redenção será completa. Onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus. A Terra, o próprio campo que Satanás reclama como seu, será não apenas redimida, mas exaltada. Nosso pequenino mundo, sob a maldição do pecado, a única mancha escura de Sua gloriosa criação, será honrado acima de todos os outros mundos do Universo de Deus. Aqui, onde o Filho de Deus habitou na humanidade; onde o Rei da Glória viveu e sofreu e morreu -- aqui, quando Ele houver feito novas todas as coisas, será o tabernáculo de Deus com os homens, "com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus". Apocalipse 21:4. E através dos séculos infindos, enquanto os remidos andam na luz do Senhor, hão de louvá-Lo por Seu inefável Dom -- Emanuel, "Deus conosco". -- O Desejado de Todas as Nações, 26. Avaliado o custo da redenção ViC 17 1 Jamais poderá o preço de nossa redenção ser avaliado enquanto os remidos não estiverem com o Redentor ante o trono de Deus. Então, ao irromperem as glórias do lar eterno em nossos arrebatados sentidos, nós nos lembraremos de que Jesus abandonou tudo isso por nós, que Ele não somente Se tornou um exilado das cortes celestiais, mas enfrentou por nós o risco da derrota e eterna perdição. Então, lançaremos aos Seus pés nossas coroas, erguendo o cântico: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória e ações de graças." Apocalipse 5:12. -- O Desejado de Todas as Nações, 131. Cumprido o propósito da terra ViC 17 2 Deus criou a Terra para ser a morada de seres santos, felizes. O Senhor "formou a Terra, e a fez; Ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada". Isaías 45:18. Aquele propósito se cumprirá, quando, renovada pelo poder de Deus, e libertada do pecado e tristeza, se tornar a eterna habitação dos remidos. "Os justos herdarão a Terra, e habitarão nela para sempre." Salmos 37:29. "E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os Seus servos O servirão." Apocalipse 22:3. -- Patriarcas e Profetas, 67. Jesus sofreu para salvar ViC 17 3 Vi a beleza do Céu. Ouvi os anjos cantarem seus cânticos arrebatadores, rendendo louvor, honra e glória a Jesus. Pude então avaliar alguma coisa do assombroso amor do Filho de Deus. Ele abandonou toda a glória, toda a honra que tinha no Céu, e tão interessado estava em nossa salvação, que suportou paciente e mansamente toda a indignidade e desprezo que o homem sobre Ele pôde amontoar. Foi ferido, machucado, moído; foi estendido na cruz do Calvário, e sofreu a mais angustiosa das mortes, para que da morte nos salvasse; para que fôssemos lavados em Seu sangue, e ressuscitados para viver com Ele nas mansões que está preparando para nós, e pudéssemos desfrutar a luz e a glória do Céu, ouvir os anjos cantarem, e com eles cantarmos também. -- Testemunhos para a Igreja 1:123, 124. ------------------------Capítulo 3 -- Prometida a volta de Jesus A chave da história ViC 19 1 A compreensão da esperança da segunda vinda de Cristo é a chave que abre toda a história futura e explica todas as lições do futuro. -- Evangelismo, 220. Relatada a Enoque ViC 19 2 "E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos." Judas 14. A doutrina da vinda de Cristo foi revelada já naquele tempo distante, àquele homem que andava com Deus, em comunhão continua. O piedoso caráter desse profeta representa o estado de santidade a que deve chegar o povo de Deus, o qual espera ser trasladado para o Céu. -- Para Conhecê-Lo, 348 (Meditações Matinais, 1965). Sacrifícios -- Uma lembrança perpétua ViC 19 3 Nos tempos patriarcais as ofertas sacrificais relacionadas com o culto divino constituíam uma lembrança perpétua da vinda de um Salvador; e assim era com todo o ritual dos sacrifícios do santuário na história de Israel. Na ministração do tabernáculo, e do templo que posteriormente lhe tomou o lugar, o povo era ensinado cada dia, por meio de símbolos e sombras, a respeito das grandes verdades relativas ao advento de Cristo como Redentor, Sacerdote e Rei; e uma vez em cada ano tinham a mente voltada para os eventos finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, a purificação final do Universo do pecado e pecadores. ViC 20 1 Os sacrifícios e ofertas do ritual mosaico deveriam sempre apontar para uma adoração melhor, ou seja, celestial. O santuário terrestre era "uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios"; seus dois lugares santos eram "figura das coisas que estão no Céu" (Hebreus 9:9, 23); pois Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é hoje "Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem". Hebreus 8:2. -- Profetas e Reis, 684, 685. ViC 20 2 A morte do cordeiro pascal era sombra da morte de Cristo. Diz Paulo: "Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós." 1 Coríntios 5:7. O molho das primícias, que por ocasião da Páscoa era movido perante o Senhor, simbolizava a ressurreição de Cristo. Falando da ressurreição do Senhor e de todo o Seu povo, diz Paulo: "Cristo, as primícias, depois os que são de Cristo, na Sua vinda." 1 Coríntios 15:23. Semelhante ao molho que era agitado, constituído pelos primeiros grãos amadurecidos que eram colhidos antes da ceifa, Cristo é as primícias da ceifa imortal de resgatados que, por ocasião da ressurreição futura, serão recolhidos ao celeiro de Deus. -- O Grande Conflito, 399. Boas-novas ViC 21 1 A mensagem evangélica, pregada pelos discípulos de Cristo, era a anunciação de Sua primeira vinda ao mundo. Trouxe aos homens as boas-novas de salvação pela fé nEle. Apontava para Sua segunda vinda em glória para redimir Seu povo, e deu aos homens a esperança de partilhar da herança dos santos na luz pela fé e obediência. Essa mensagem é dada à humanidade hoje em dia, e, neste tempo, está ligada à anunciação da breve volta de Cristo. Os sinais de Sua vinda, dados por Ele mesmo, cumpriram-se; e assim, pelos ensinos da Palavra de Deus, podemos saber que o Senhor está para voltar. ViC 21 2 João, no Apocalipse, prediz a proclamação da mensagem do evangelho, justamente antes da vinda de Cristo. Viu "outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-Lhe glória, porque vinda é a hora do Seu juízo." Apocalipse 14:6, 7. ViC 21 3 A essa advertência do Juízo e às mensagens com ela relacionadas segue-se, na profecia, a volta do Filho do homem nas nuvens do céu. A proclamação do Juízo é uma anunciação de que a segunda vinda de Cristo está próxima. E essa proclamação é chamada o evangelho eterno. Desse modo é mostrado que a pregação da segunda vinda de Cristo ou a anunciação de sua brevidade, é parte essencial da mensagem evangélica. -- Parábolas de Jesus, 226-228. A oração ensinada por Cristo ViC 22 1 "Venha o Teu reino." Mateus 6:10. ViC 22 2 Deus é nosso Pai, que nos ama e de nós cuida, como filhos Seus que somos; Ele é também o grande Rei do Universo. Os interesses de Seu reino são nossos interesses, e devemos trabalhar por seu estabelecimento. ViC 22 3 Os discípulos de Cristo esperavam a vinda imediata do reino de Sua glória; mas ao dar-lhes essa oração Jesus ensinou que o reino não deveria ser então estabelecido. Deveriam orar por sua vinda como acontecimento ainda no futuro. Mas essa petição era-lhes também uma certeza. Conquanto não devessem esperar a vinda do reino em seus dias, o fato de haver Jesus recomendado que por ela orassem, constitui prova de que certamente virá no tempo designado por Deus. ViC 22 4 O reino da graça de Deus está sendo agora estabelecido, visto que corações que têm estado sobrecarregados de pecado e rebelião se rendem à soberania de Seu amor. O completo estabelecimento do reino de Sua glória, porém, não ocorrerá senão na segunda vinda de Cristo ao mundo. "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo." Daniel 7:27. Eles herdarão o reino que lhes foi preparado "desde a fundação do mundo". Mateus 25:34. E Cristo assumirá Seu grande poder e reinará. ViC 22 5 As portas celestiais se abrirão novamente e, com miríades de miríades e milhares de milhares de santos, nosso Salvador sairá como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Jeová Emanuel "será rei sobre toda a Terra; naquele dia, um será o Senhor, e um será o Seu nome". Zacarias 14:9. "O tabernáculo de Deus" estará com os homens, "pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus." Apocalipse 21:3. ViC 23 1 Antes dessa vinda, porém, disse Jesus: "Este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes." Mateus 24:14. Seu reino não virá enquanto as boas-novas de Sua graça não houverem sido levadas a toda a Terra. Assim, quando nos entregamos a Deus, e ganhamos outras pessoas para Ele, apressamos a vinda de Seu reino. Unicamente aqueles que se consagram a Seu serviço, dizendo: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (Isaías 6:8), para abrir os olhos cegos, para desviar homens "das trevas... à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados" (Atos 26:18) -- unicamente eles oram com sinceridade: "Venha o Teu reino." Mateus 6:10. -- O Maior Discurso de Cristo, 107-109. Promessa traz alegria ViC 23 2 Quando Cristo ascendeu ao Céu, com Suas mãos estendidas para abençoar os discípulos, uma nuvem de anjos O recebeu e O ocultou da vista deles. Enquanto os discípulos forçavam a vista na tentativa de terem um último vislumbre de seu Senhor que subia, dois anjos do cortejo, jubilosos, aproximaram-se deles, dizendo: "Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao Céu virá do modo como O vistes subir." Atos 1:11. ViC 24 1 Os discípulos se encheram de grande alegria. Repetiram inúmeras vezes as palavras que Cristo lhes havia dito em Suas últimas lições, como estão registradas nos capítulos catorze, quinze, dezesseis e dezessete de João; e todos tinham algo a dizer sobre a instrução, especialmente com respeito às palavras do décimo quarto capítulo de João. ... ViC 24 2 A promessa de que Ele retornaria, e também o pensamento de que Ele lhes havia deixado Sua paz, encheram-lhes o coração de alegria. -- Olhando para o Alto, 351 (Meditações Matinais, 1983). João vê a história do povo de Deus ViC 24 3 João estava fortalecido para viver na presença do seu glorificado Senhor. Então, perante sua maravilhada visão foram abertas as glórias do Céu. Foi-lhe permitido ver o trono de Deus e, olhando para além dos conflitos da Terra, contemplar a multidão de remidos vestidos de branco. Ele ouviu a música dos anjos celestiais e os triunfantes cânticos dos que venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de Seu testemunho. Na revelação a ele dada foram desdobradas cena após cena de empolgante interesse na experiência do povo de Deus, e a história da igreja foi antecipada até o fim dos séculos. Em figuras e símbolos, assuntos de vasta importância foram apresentados a João para que os relatasse, a fim de que o povo de Deus de sua época e de épocas futuras tivesse inteligente compreensão dos perigos e conflitos diante deles. -- Atos dos Apóstolos, 582, 583. Profecia que reanima ViC 24 4 Temos de conhecer as Escrituras, para que possamos descobrir as linhas da profecia e... ver que se está aproximando o dia, de modo que com aumentado zelo e esforço, nos exortemos uns aos outros à fidelidade. ... Renunciar a nossa fé? Rejeitar a confiança? Tornarmo-nos impacientes? -- Não! Não! Não pensaremos em semelhante coisa. ... Vejam como se têm cumprido, e se estão cumprindo as especificações das profecias. Levantemos a cabeça e regozijemo-nos, pois nossa redenção se aproxima. Está mais próxima do que quando aceitamos a fé. Não haveremos de esperar pacientemente, cheios de ânimo e fé? Não deveremos tratar de preparar um povo, para que subsista no dia do ajuste final? -- Para Conhecê-Lo, 348 (Meditações Matinais, 1965). Promessa que encoraja ViC 25 1 Mais de mil e oitocentos anos são passados desde que o Salvador deu a promessa de Sua vinda. Através dos séculos, Suas palavras têm enchido de ânimo o coração de Seus fiéis. A promessa não se cumpriu ainda; ... mas nem por isso deixa de ser menos segura a palavra proferida. -- Nossa Alta Vocação, 365 (Meditações Matinais, 1962). ------------------------Capítulo 4 -- O povo de Deus é liberto Deus manifesta seu poder ViC 26 1 É ouvida pelo povo de Deus uma voz clara e melodiosa, dizendo: "Olhai para cima" (Lucas 21:28); e, levantando os olhos para o céu, contemplam o arco da promessa. As nuvens negras, ameaçadoras, que cobriam o firmamento se fendem e, como Estêvão, olham fixamente para o céu, e vêem a glória de Deus, e o Filho do homem sentado sobre o Seu trono. Divisam em Sua forma divina os sinais de Sua humilhação; e de Seus lábios ouvem o pedido, apresentado ante Seu Pai e os santos anjos: "Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." João 17:24. ViC 26 2 Novamente se ouve uma voz, melodiosa e triunfante, dizendo: "Eles vêm! eles vêm! santos, inocentes e incontaminados. Guardaram a palavra da Minha paciência; andarão entre os anjos"; e os pálidos, trêmulos lábios dos que mantiveram firme a fé, proferem um brado de vitória. ViC 27 1 É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na natureza parece desviado de seu curso. As correntes de águas deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: "Está feito." Apocalipse 16:17. Os fundamentos da terra parecem ceder ViC 27 2 Há um grande terremoto... O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus lampeja através da atmosfera. As montanhas agitam-se como arbustos ao vento, e rochas irregulares são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. A grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, "para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira". Apocalipse 16:19, 21. Grandes pedras de saraiva, cada uma "do peso de um talento", estão a fazer sua obra de destruição. As mais orgulhosas cidades da Terra são destruídas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. ... Ressurreição especial antes que Jesus apareça ViC 28 1 Abrem-se sepulturas, e "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno". Daniel 12:2. Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. "Os mesmos que O traspassaram" (Apocalipse 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais obstinados inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes. ViC 28 2 Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são compreendidas por todos; os falsos ensinadores, porém, as entendem distintamente. Os que pouco antes eram tão descuidados, tão jactanciosos e desafiadores, tão exultantes em sua crueldade para com o povo de Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora vencidos pela consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do som dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e tremem diante de Seu poder, enquanto homens estão suplicando misericórdia e rastejando em abjeto terror. ... Os dez mandamentos revelados ViC 29 1 Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em contraste com as trevas. Fala de esperança e alegria aos fiéis, mas de severidade e ira aos transgressores da lei de Deus. Os que tudo sacrificaram por Cristo estão agora em segurança, como que escondidos no lugar secreto da fortaleza do Senhor. Foram provados e, perante o mundo e os desprezadores da verdade, evidenciaram sua fidelidade Àquele que por eles morreu. ViC 29 2 Uma mudança maravilhosa sobreveio aos que mantiveram firme integridade em face até mesmo da morte. Foram subitamente libertos da terrível tirania de homens transformados em demônios. Seu rosto, pouco antes tão pálido, ansioso e descomposto, resplandece agora de admiração, fé e amor. Sua voz ergue-se em cântico triunfal: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza." Salmos 46:1-3. ViC 29 3 Enquanto essas palavras de santa confiança sobem até Deus, as nuvens recuam, e se vêem os céus estrelados, indescritivelmente gloriosos em contraste com o firmamento escuro e carregado. A glória da cidade celestial provém de suas portas entreabertas. Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. ... A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. Maravilhoso código! Maravilhosa ocasião! -- O Grande Conflito, 636-639; The Spirit of Prophecy 4:457. Revelados hora e dia da volta de Jesus ViC 30 1 A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e reafirmando o concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Tem o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória. -- O Grande Conflito, 640. ------------------------Capítulo 5 -- A segunda vinda de Jesus Sinal da vinda de Jesus ViC 31 1 Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, à distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. -- O Grande Conflito, 640, 641. ViC 31 2 Logo nossos olhares foram dirigidos ao Oriente, pois aparecera uma nuvenzinha aproximadamente do tamanho da metade da mão de um homem, a qual todos soubemos ser o sinal do Filho do homem. Todos em silêncio solene olhávamos a nuvem que se aproximava e se tornava mais e mais clara e esplendente, até converter-se numa grande nuvem branca. A parte inferior tinha aparência de fogo; o arco-íris estava sobre a nuvem, enquanto em redor dela se achavam dez milhares de anjos, entoando um cântico agradabilíssimo; e sobre ela estava sentado o Filho do homem. Os cabelos, brancos e anelados, caíam-Lhe sobre os ombros; e sobre a cabeça tinha muitas coroas. Os pés tinham a aparência de fogo; em Sua destra trazia uma foice aguda e na mão esquerda, uma trombeta de prata. Seus olhos eram como chamas de fogo, que profundamente penetravam Seus filhos. -- Testemunhos para a Igreja 1:60. O mundo inteiro verá ViC 32 1 "Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até ao Ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." Mateus 24:24-27. Não há possibilidade de ser imitada esta vinda. Será conhecida universalmente, testemunhada pelo mundo inteiro. -- O Grande Conflito, 625. Jesus retorna em glória ViC 32 2 Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes -- milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. ... Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol do meio-dia. ... ViC 32 3 O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. "Virá o nosso Deus, e não Se calará; adiante dEle um fogo ira consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dEle. Chamará os céus, do alto, e a Terra para julgar o Seu povo." Salmos 50:3, 4. -- O Grande Conflito, 641, 642. Jesus claramente visto sobre a nuvem ViC 33 1 A nuvem viva, de majestade e glória insuperável, aproximou-se ainda mais e pudemos contemplar claramente a adorável pessoa de Jesus. Não trazia Ele uma coroa de espinhos, mas coroa de glória repousava sobre Sua santa fronte. Sobre Sua veste e coxa estava escrito um nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores. Seus olhos eram como chama de fogo e Seus pés tinham a aparência do latão reluzente. Sua voz soava como muitos instrumentos musicais. Seu rosto era tão brilhante como o Sol do meio-dia. -- Primeiros Escritos, 286. Alegria do povo de Deus ViC 33 2 A revelação da glória do Senhor na forma humana trará o Céu tão perto dos homens, que a beleza que adorna o templo interior será vista em todos em que o Salvador habita. Os homens serão cativados pela glória de um Cristo que vive em nós. E em torrentes de louvor e ações de graças dos muitos assim ganhos para Deus, refluirá glória para o grande Doador. ViC 33 3 "Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti." Isaías 60:1. Essa mensagem é dada aos que saem ao encontro do esposo. Cristo vem com poder e grande glória. Vem com Sua própria glória e com a glória do Pai. Vem com todos os santos anjos. Ao passo que o mundo todo estará mergulhado em trevas, haverá luz em todos os lares dos santos. Eles hão de captar os primeiros raios de luz de Sua segunda vinda. A imaculada luz resplandecerá de Seu esplendor, e Cristo, o Redentor, será admirado por todos os que O serviram. Ao passo que os ímpios fugirão de Sua presença, os seguidores de Cristo rejubilarão. Vislumbrando o tempo do segundo advento de Cristo, disse o patriarca Jó: "Vê-Lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, O verão." Jó 19:27. ViC 34 1 Cristo tem sido companheiro diário, amigo familiar de Seus fiéis seguidores. Eles viveram em contato íntimo, em comunhão constante com Deus. A glória de Deus resplandeceu sobre eles. Refletiu-se neles a luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo. Agora se regozijam nos raios não ofuscados do resplendor e glória do Rei em Sua majestade. Estão preparados para a comunhão do Céu; pois têm o Céu no coração. ViC 34 2 De fronte erguida, os brilhantes raios do Sol da Justiça sobre eles resplandecendo, com júbilo porque sua redenção se aproxima, saem ao encontro do Esposo, dizendo: "Eis que Este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará." Isaías 25:9. ViC 34 3 "E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus todo-poderoso, reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua esposa se aprontou. ... E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." Apocalipse 19:6, 7, 9. "Porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com Ele, chamados, eleitos e fiéis." Apocalipse 17:14. -- Parábolas de Jesus, 420, 421. Todos os justos verão a Jesus ViC 35 1 Paulo mostrava que os que estivessem vivos quando Cristo voltasse não iriam ao encontro do seu Senhor precedendo aos que tinham sido postos a dormir em Jesus. A voz do Arcanjo e a trombeta de Deus alcançariam os que estivessem dormindo, e os mortos em Cristo ressuscitariam primeiro, antes que o toque de imortalidade fosse dado aos vivos. "Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." 1 Tessalonicenses 4:17, 18. -- Atos dos Apóstolos, 258. Vestes do mais puro branco ViC 35 2 Cristo esvaziou-Se completamente e assumiu a forma de um Servo, e ofereceu sacrifício, tornando-Se o Sacerdote, e ao mesmo tempo a Vítima. Assim como o sumo sacerdote, depois de realizar seu serviço no santo dos santos, vinha para fora ao encontro da congregação, usando sua roupa sacerdotal, Cristo virá nesta segunda vez, agora usando uma roupa gloriosa do mais puro branco, como nenhum tecelão da Terra pode fazer. Ele virá em Sua própria glória e na glória do Seu Pai, como o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e todos os anjos O acompanharão em Sua vinda. -- Manuscrito 113, 1899. Jesus ressuscita os santos para a imortalidade ViC 35 3 Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: "Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!" Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que a ouvirem viverão. E a Terra inteira ressoará com o passar do exército extraordinariamente grande de toda nação, tribo, língua e povo. Do cárcere da morte vêm eles, revestidos de glória imortal, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. E os vivos justos e os santos ressuscitados unem as vozes em prolongada e jubilosa aclamação de vitória. ViC 36 1 Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. Apresenta assinalado contraste com o povo das gerações posteriores; basta esse aspecto para revelar a grande degeneração da raça. Todos, porém, surgem com a vivacidade e o vigor de eterna juventude. No princípio o homem foi criado à semelhança de Deus, não somente no caráter, mas na forma e aspecto. O pecado desfigurou e quase obliterou a imagem divina; mas Cristo veio para restaurar aquilo que se havia perdido. Ele mudará nosso corpo vil, modelando-o conforme Seu corpo glorioso. As formas mortais, corruptíveis, destituídas de beleza, poluídas pelo pecado, tornam-se perfeitas, belas e imortais. Todos os defeitos e deformidades são deixados no túmulo. Os redimidos refletem a imagem de seu Senhor. Oh! maravilhosa redenção! Há tanto tempo objeto das cogitações, há tanto tempo esperada, contemplada com ávida expectativa, mas nunca entendida completamente! -- The Spirit of Prophecy 4:463, 464; citado em O Grande Conflito, 644, 645. Primeiro pensamento dos ressurretos ViC 37 1 Ao serem eles [os justos] chamados de seu profundo sono, começam a pensar exatamente onde haviam parado. A última sensação foi a agonia da morte, o último pensamento o de que estavam a cair sob o poder da sepultura. Ao se levantarem da tumba, seu primeiro alegre pensamento se expressará na triunfante aclamação: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. -- O Grande Conflito, 550. A morte pouco significa ViC 37 2 Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdera mediante o pecado; pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem quer. Acha-Se investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele depusera como homem, Ele reassumiu e concedeu aos homens. "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." João 10:10. "Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." João 4:14. "Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia." João 6:54. ViC 37 3 Para o crente a morte não é senão de pouca importância. Cristo fala dela como se fora de pouco valor. "Se alguém guardar a Minha palavra, nunca verá a morte", "nunca provará a morte." João 8:51, 52. Para o cristão a morte não é mais que um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e "quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória". Colossences 3:4. ViC 38 4 A voz que bradou da cruz: "Está consumado" (João 19:30), foi ouvida entre os mortos. Penetrou as paredes dos sepulcros, ordenando aos que dormiam que despertassem. Assim será quando a voz de Cristo for ouvida do céu. Ela penetrará as sepulturas e abrirá os túmulos, e os mortos em Cristo ressurgirão. Na ressurreição do Salvador, algumas tumbas foram abertas, mas em Sua segunda vinda todos os queridos mortos Lhe ouvirão a voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal. O mesmo poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos erguerá Sua igreja, glorificando-a com Ele, acima de todos os principados, de todas as potestades, acima de todo nome que se nomeia, não somente neste mundo mas também no mundo por vir. -- O Desejado de Todas as Nações, 786, 787. Crianças restauradas ViC 38 1 Os Seus fiéis serão recompensados quando, em Sua vinda, a morte perder o seu aguilhão, e à sepultura for roubada a vitória que tem pretendido. Então Ele restaurará a Seus servos os filhos que a morte lhes tomou. "Assim diz o Senhor: Uma voz se ouviu em Ramá, lamentação, choro amargo; Raquel chora seus filhos, sem admitir consolação por eles, porque já não existem. Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz de choro, e as lágrimas dos teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, ... pois eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança no derradeiro fim para os teus descendentes, diz o Senhor, porque teus filhos voltarão para os seus termos". Jeremias 31:15-17. -- Profetas e Reis, 239. Santos mortos guardados como jóias preciosas ViC 38 2 O Doador da vida chamará a Sua adquirida possessão, quando da primeira ressurreição, e até aquela hora triunfante, quando há de soar a última trombeta e o vasto exército ressurgirá para a vitória eterna, todo santo que dorme será conservado em segurança, guardado como jóia preciosa, conhecido de Deus por nome. Pelo poder do Salvador que neles habitou quando vivos e por terem sido participantes da natureza divina são ressurgidos dentre os mortos. -- Mensagens Escolhidas 2:271. Reconheceremos nossos amigos ViC 39 1 A ressurreição de Cristo foi um modelo da final ressurreição de todos quantos nEle dormem. O semblante do Salvador ressuscitado, Sua maneira, Sua linguagem, tudo era familiar aos discípulos. Como Jesus ressurgiu dos mortos, assim hão de ressuscitar os que nEle dormem. Reconheceremos os nossos amigos, da mesma maneira que os discípulos a Jesus. Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado será perfeitamente mantida a identidade. Então conheceremos assim como também somos conhecidos. 1 Coríntios 13:12. No rosto, glorioso da luz que irradia da face de Cristo, reconheceremos os traços daqueles que amamos. -- O Desejado de Todas as Nações, 804. Conheceremos uns aos outros ViC 39 2 O maior dom de Deus é Cristo, cuja vida é nossa, pois nos foi dada. Ele morreu por nós, e ressuscitou em nosso favor, a fim de que pudéssemos sair da sepultura para um glorioso companheirismo com os anjos celestiais, encontrar-nos com nossos entes queridos e reconhecer-lhes a fisionomia, pois a semelhança com Cristo não destrói sua imagem, mas a transforma à gloriosa imagem dEle. Todos os santos ligados aqui por laços familiares conhecerão ali uns aos outros. -- Mensagens Escolhidas 3:316. Personalidade preservada em um corpo novo ViC 40 1 Nossa identidade pessoal é preservada na ressurreição, se bem que não as mesmas partículas de matéria ou substância material que foram para a sepultura. As maravilhosas obras de Deus são um mistério para o homem. O espírito, o caráter do homem, volta a Deus, para ser preservado. Na ressurreição toda pessoa terá seu próprio caráter. Deus, em Seu devido tempo, despertará os mortos, dando novamente o fôlego de vida e ordenando que os ossos secos vivam. Aparecerá a mesma forma, mas estará isenta de doenças e de todo defeito. Revive apresentando as mesmas características pessoais, de modo que um amigo reconheça o outro. Não há lei de Deus na natureza que revele que Deus restitui as mesmas e idênticas partículas de matéria de que se compunha o corpo antes da morte. Deus dará aos justos falecidos um corpo que Lhe apraz. ViC 40 2 Paulo ilustra este assunto pelo grão de cereal semeado no campo. O grão plantado se decompõe, mas aparece um novo grão. A substância natural da semente que se decompõe jamais é ressuscitada como antes, mas Deus lhe dá um corpo segundo Lhe apraz. O corpo humano compor-se-á de um material muito mais requintado, pois é uma nova criação, um novo nascimento. "Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual." 1 Coríntios 15:44. -- Maranata, o Senhor Vem, 299 (Meditações Matinais, 1977). Intimidade entre Deus e os santos ressuscitados ViC 40 3 Cristo declarou a Seus ouvintes que, se não houvesse ressurreição de mortos, as Escrituras em que professavam crer de nenhum proveito seriam. Disse: "E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos." Mateus 22:31, 32. Deus considera as coisas que não são como se fossem. Vê o fim desde o começo, e contempla o resultado de Sua obra como se ela já estivesse acabada. Os preciosos mortos, desde Adão aos últimos santos que morrerem, hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e sairão dos sepulcros para a vida imortal. Deus será o seu Deus, e eles serão o Seu povo. Haverá íntima e terna relação entre Deus e os santos ressuscitados. Essa condição, antecipada em Seu desígnio, contempla como se já existisse. Os mortos vivem para Ele. -- O Desejado de Todas as Nações, 606. Ressuscitado para unidade com Cristo ViC 41 1 [O crente] pode morrer, como Cristo morreu, mas a vida do Salvador está nele. Sua vida acha-se escondida com Cristo em Deus. "Eu vim para que tenham vida", disse Jesus, "e a tenham em abundância." João 10:10. Ele leva avante o grandioso processo pelo qual os crentes se tornam um com Ele nesta vida atual, a fim de serem um com Ele por toda a eternidade. ... ViC 41 2 No último dia Ele os ressuscitará como uma parte de Si mesmo. ... Cristo tornou-Se um conosco, a fim de que pudéssemos tornar-nos um com Ele em divindade. -- Maranata, o Senhor Vem, 299 (Meditações Matinais, 1977). Despertados para não mais morrer ViC 41 3 Anjos ministradores estão ao nosso redor, dando-nos a beber da água da vida, para refrigerar nossa alma nos momentos finais da vida. Há um compromisso dAquele que é a ressurreição e a vida, no sentido de que os que dormem em Jesus, Cristo levará com Ele da sepultura. A trombeta soará, os mortos despertarão para a vida, para não mais morrer. Rompeu-lhes a manhã eterna, pois não haverá noite na cidade de Deus. -- Mensagens Escolhidas 2:250. Toque final da imortalidade ViC 42 1 O Doador da vida vem para quebrar as cadeias da sepultura. Ele trará para fora os cativos e proclamará: "Eu sou a ressurreição e a vida." João 11:25. Eis ali a multidão ressuscitada! O último pensamento foi o da morte e suas agonias. Os últimos pensamentos que eles tiveram foram os da sepultura e da tumba, mas agora eles proclamam: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó sepultura, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. As agonias da morte foram as últimas coisas que eles sentiram. Quando acordarem, todo o sofrimento terá passado. ... ViC 42 2 Ei-los ali, recebendo o toque final da imortalidade, e ascendem para o encontro de seu Senhor nos ares. As portas da cidade de Deus se revolvem sobre seus gonzos, e as nações que observaram a verdade entram nela. Ali se acham as colunas de anjos de cada lado, e os resgatados de Deus entram pelo meio de querubins e serafins. Cristo lhes dá as boas-vindas e põe Sua bênção sobre eles: "Muito bem, servo bom e fiel; ... entra no gozo do teu Senhor." Mateus 25:21. Que é esse gozo? Ele vê o penoso trabalho de Sua alma, e fica satisfeito. ViC 42 3 É para isso que labutamos. Aqui está alguém em cujo favor intercedemos com Deus à noite. Ali está alguém com o qual falamos em seu leito de morte, e ele confiou sua alma desamparada a Jesus. Eis aqui alguém que era um pobre bêbado. Procuramos fazer com que fixasse o olhar nAquele que é poderoso para salvar e lhe dissemos que Cristo podia conceder-lhe a vitória. Ali estão as coroas de glória imortal sobre a cabeça deles, e então os remidos lançam suas coroas resplandecentes aos pés de Jesus. -- Manuscrito 18, 1894, citado em Mensagens Escolhidas 3:430, 431. Todos verão a Jesus na mesma ocasião ViC 43 1 Em sua primeira epístola aos crentes de Tessalônica, Paulo procurou instruí-los sobre o verdadeiro estado dos mortos. Falou dos que morrem como estando dormindo -- em estado de inconsciência: "Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele. ... Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." 1 Tessalonicenses 4:13-17. ViC 43 2 Os tessalonicenses tinham-se apegado com avidez à idéia de que Cristo havia de vir para transformar os fiéis que estivessem vivos, levando-os com Ele. Haviam cuidadosamente guardado a vida de seus amigos, para que não morressem e perdessem assim a bênção que eles aguardavam, do encontro com o Salvador prestes a voltar. Porém, um após outro, foram seus amados separados deles. Com angústia, os tessalonicenses tinham contemplado pela última vez o rosto de seus mortos, quase não ousando esperar encontrá-los na vida futura. ViC 43 3 Ao ser a epístola de Paulo aberta e lida, grande alegria e consolação foi levada à igreja pelas palavras que revelavam o verdadeiro estado dos mortos. Paulo mostrava que os que estivessem vivos quando Cristo voltasse não iriam ao encontro do seu Senhor precedendo aos que tinham morrido em Jesus. A voz do Arcanjo e a trombeta de Deus alcançariam os que estivessem dormindo, e os mortos em Cristo ressuscitariam primeiro, antes que o toque de imortalidade fosse dado aos vivos. "Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras." 1 Tessalonicenses 4:17, 18. -- Atos dos Apóstolos, 257, 258. O reino futuro em miniatura ViC 44 1 Moisés, sobre o monte da transfiguração, era um testemunho da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Representava os que sairão do sepulcro na ressurreição dos justos. Elias, que fora trasladado ao Céu sem ver a morte, representava os que se hão de achar vivos na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo, e que serão "transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta"; quando "isto que é mortal se revestir da imortalidade" e "isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade". 1 Coríntios 15:51-53. Jesus estava revestido da luz do Céu, como há de aparecer quando vier a "segunda vez, sem pecado, ... para salvação". Hebreus 9:28. Pois virá "na glória de Seu Pai, com os santos anjos". Marcos 8:38. Cumpriu-se então a promessa do Salvador aos discípulos. Sobre o monte, foi representado em miniatura o futuro reino da glória -- Cristo, o Rei, Moisés como representante dos santos ressuscitados, e Elias dos trasladados. -- O Desejado de Todas as Nações, 421, 422. Sobre a morte de uma sobrinha de Ellen White ViC 45 1 Nossas mais acarinhadas esperanças são aqui muitas vezes frustradas. Nossos queridos são-nos arrebatados pela morte. Fechamo-lhes os olhos e vestimo-lhes a mortalha, depondo-os para além de nossa vista. Mas a esperança nos ergue o ânimo. Não nos separamos para sempre, pois haveremos de rever os queridos que dormem em Jesus. Hão de voltar da terra do inimigo. Virá o Doador de vida. Milhares de santos anjos O escoltarão em Seu caminho. Ele romperá os laços da morte, partirá os grilhões da tumba, e os preciosos cativos sairão, com saúde e imortal beleza. ViC 45 2 Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu empoeirado leito, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se separarem. Muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para junto da árvore da vida. ViC 45 3 Jesus lhes coloca o áureo círculo de luz, a coroa, sobre as cabecinhas. Conceda Deus que a querida mãe de "Eva" ali esteja, para que suas pequeninas asas se dobrem no alegre seio de sua mãe. -- Mensagens Escolhidas 2:259, 260. Familiares e amigos reunidos ViC 45 4 Os justos vivos são transformados "num momento, num abrir e fechar de olhos". 1 Coríntios 15:52. À voz de Deus eles foram glorificados; agora, tornam-se imortais e, com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. Os anjos "ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus". Mateus 24:31. Crianças são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. ViC 46 1 De cada lado do carro de nuvens existem asas, e debaixo dele se acham rodas vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: "Santo", e as asas, movendo-se, clamam: "Santo", e o cortejo de anjos clama: "Santo, santo, santo, Senhor Deus todo-poderoso." E os remidos bradam: "Aleluia!" -- enquanto o carro prossegue em direção à Nova Jerusalém. -- O Grande Conflito, 645. Os ímpios tentam se esconder de Jesus ViC 46 2 Os ímpios suplicam para que sejam sepultados sob as rochas das montanhas, em vez de ver o rosto dAquele que desprezaram e rejeitaram. ... ViC 46 3 Os que escarneceram de Sua declaração de ser Ele o Filho de Deus estão agora mudos. Ali está o altivo Herodes, que zombou de Seu título real, mandando os soldados zombadores coroá-Lo rei. Estão ali os mesmos homens que com mãos ímpias Lhe colocaram sobre o corpo o manto de púrpura, e sobre a fronte sagrada a coroa de espinhos, e na mão, que não opunha resistência, uma imitação de cetro, e diante dEle se curvavam em zombaria blasfema. Os homens que bateram e cuspiram no Príncipe da vida, agora se desviam de Seu penetrante olhar, procurando fugir da subjugante glória de Sua presença. Aqueles que introduziram os cravos através de Suas mãos e pés, o soldado que Lhe feriu o lado, contemplam esses sinais com terror e remorso. ViC 46 4 Com terrível precisão sacerdotes e príncipes recordam-se dos acontecimentos do Calvário. Estremecendo de horror, lembram-se de como, movendo a cabeça em satânica alegria, exclamaram: "Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nEle; confiou em Deus; livre-O agora, se O ama." Mateus 27:42, 43. ... ViC 47 1 E, agora, ergue-se um clamor de agonia mortal. Mais alto do que o grito -- "Crucifica-O, crucifica-O", que repercutiu pelas ruas de Jerusalém, reboa o pranto terrível, desesperado: "Ele é o Filho de Deus! Ele é o verdadeiro Messias!" Procuram fugir da presença do Rei dos reis. Nas profundas cavernas da Terra, fendida pela luta dos elementos, tentam em vão esconder-se. -- Spirit of Prophecy 4, citado em O Grande Conflito, 643, 644. Sete dias viajando para o céu ViC 47 2 Todos nós entramos juntos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro, onde Jesus trouxe as coroas, e com Suas próprias mãos as colocou sobre nossa cabeça. Deu-nos harpas de ouro e palmas de vitória. Ali, sobre o mar de vidro, os cento e quarenta e quatro mil ficaram em quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes; outros, não tanto. Algumas coroas pareciam repletas de estrelas, ao passo que outras tinham poucas. Todos estavam perfeitamente satisfeitos com sua coroa. E todos estavam vestidos com um glorioso manto branco, dos ombros aos pés. Havia anjos de todos os lados em redor de nós quando caminhávamos sobre o mar de vidro em direção à porta da cidade. Jesus levantou o potente e glorioso braço, segurou o portal de pérolas, fê-lo girar sobre seus luzentes gonzos e nos disse: "Lavastes vossas vestes em Meu sangue, permanecestes firmes pela Minha verdade; entrai." Todos entramos e sentíamos ter perfeito direito à cidade. -- Vida e Ensinos, 59, 60. Jesus recebe os remidos na Nova Jerusalém ViC 48 1 Diante da multidão de resgatados está a santa cidade. Jesus abre amplamente as portas de pérolas, e as nações que observaram a verdade entram. Ali contemplam o Paraíso de Deus, o lar de Adão em sua inocência. Então aquela voz, mais harmoniosa do que qualquer música que tenha soado já aos ouvidos mortais, é ouvida a dizer: "Vosso conflito está terminado." "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. ViC 48 2 Cumpre-se então a oração do Salvador por Seus discípulos: "Aqueles que Me deste quero que, onde Eu estiver, também eles estejam comigo." "Irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória" (Judas 24), Cristo os apresenta a Seu Pai como a aquisição de Seu sangue, declarando: "Eis-Me aqui, com os filhos que Me deste." "Guardei aqueles que Me deste." Isaías 8:18. ViC 48 3 Oh! maravilhas do amor que redime! que alegria naquela hora em que o infinito Pai, olhando para os resgatados, contemplar Sua imagem, banida a discórdia do pecado, removida sua maldição, e o humano de novo em harmonia com o divino! ViC 48 4 Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para "o gozo do teu Senhor". Mateus 25:23. O gozo do Salvador consiste em ver, no reino de glória, as pessoas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. E os remidos serão participantes de Sua alegria, vendo eles, entre os bem-aventurados, os que foram ganhos para Cristo por meio de suas orações, trabalhos e sacrifícios de amor. Reunindo-se eles em redor do grande trono branco, indizível júbilo lhes encherá o coração ao contemplarem os que ganharam para Cristo, e verem que um ganhou a outros, e estes ainda outros, todos trazidos para o porto de descanso, para ali deporem sua coroa aos pés de Jesus e louvá-Lo pelos séculos intérminos da eternidade. O primeiro Adão se encontra com o segundo ViC 49 1 Ao serem os resgatados recebidos na cidade de Deus, ecoa nos ares um exultante clamor de adoração. O primeiro Adão está prestes a se encontrar com o segundo. O Filho de Deus Se acha em pé, com os braços estendidos para receber o pai de nossa raça -- o ser que Ele criou e que pecou contra o seu Criador, e por cujo pecado os sinais da crucifixão aparecem no corpo do Salvador. Ao divisar Adão os sinais dos cruéis cravos, ele não cai ao peito de seu Senhor, mas lança-se em humilhação a Seus pés, exclamando: "Digno é o Cordeiro que foi morto." Apocalipse 5:12. Com ternura o Salvador o levanta, convidando-o a contemplar de novo o lar edênico do qual, tanto tempo antes, fora exilado. ViC 49 2 Depois de sua expulsão do Éden, a vida de Adão na Terra foi cheia de tristeza. Cada folha a murchar, cada vítima do sacrifício, cada mancha na bela face da natureza, cada mácula na pureza do homem, era uma nova lembrança de seu pecado. Terrível foi a aflição do remorso, ao contemplar a iniqüidade que era dominante, e, em resposta às suas advertências, deparar com a acusação que lhe faziam como causa do pecado. Com paciente humildade, suportou durante quase mil anos a pena da transgressão. Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu na esperança de uma ressurreição. O Filho de Deus redimiu a falta e a queda do homem; e agora, pela obra da expiação, Adão é reintegrado em seu primeiro domínio. ViC 50 1 Em arrebatamento de alegria, contempla as árvores que já foram o seu deleite -- as mesmas árvores cujo fruto ele próprio colhera nos dias de sua inocência e alegria. Vê as videiras que sua própria mão tratara, as mesmas flores que com tanto prazer cuidara. Seu espírito apreende a realidade daquela cena; ele compreende que isso é na verdade o Éden restaurado, mais lindo agora do que quando fora dele banido. O Salvador o leva à árvore da vida, apanha o fruto glorioso e manda-o comer. Olha em redor de si e contempla uma multidão de sua família resgatada, no Paraíso de Deus. Lança então sua brilhante coroa aos pés de Jesus e, caindo a Seu peito, abraça o Redentor. Dedilha a harpa de ouro, e pelas abóbadas do céu ecoa o cântico triunfante: Digno, digno, "digno é o Cordeiro" (Apocalipse 5:12) "que foi morto e reviveu!" Apocalipse 2:8. A família de Adão associa-se ao cântico e lança as suas coroas aos pés do Salvador, inclinando-se perante Ele em adoração. ViC 50 2 Essa reunião é testemunhada pelos anjos que choraram quando da queda de Adão e rejubilaram ao ascender Jesus ao Céu, depois de ressurgido, tendo aberto a sepultura por todos os que cressem em Seu nome. Contemplam agora a obra da redenção completa e unem as vozes no cântico de louvor. Com o cordeiro sobre o mar de vidro ViC 50 3 No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo -- tão resplendente é ele pela glória de Deus -- está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apocalipse 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo diante do trono -- cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro -- hino de livramento. ViC 51 1 Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência -- e jamais alguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." Apocalipse 14:4. "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apocalipse 15:3. "Estes são os que vieram de grande tribulação", passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres, pois "lavaram os seus vestidos, e os branquearam no sangue do Cordeiro". Apocalipse 7:14. "Na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis" (Apocalipse 14:5) diante de Deus. "Por isso estão diante do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra." Apocalipse 7:15. ViC 51 2 Viram a Terra devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grande calor, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas "jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o Sol, nem ardor algum. Pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima". Apocalipse 7:16, 17. -- O Grande Conflito, 646-649. ------------------------Capítulo 6 -- Nossa herança eterna Herança imortal ViC 53 1 Palavras são insuficientes para expressar o valor da herança imortal. A glória, a riqueza e a honra oferecidas pelo Filho de Deus são de infinito valor, e está além da capacidade humana ou mesmo dos anjos alcançar uma exata compreensão de sua dignidade, excelência e magnificência. Se os homens, mergulhados em pecado e degradação recusarem esses favores celestiais, negarem-se a uma vida de obediência, pisotearem os graciosos convites da graça e escolherem as mesquinhas coisas deste mundo, porque são visíveis e convenientes a sua alegria presente, e seguirem o caminho do pecado, Jesus tomará as providências registradas na parábola. Esses não provarão Sua glória, e o convite será estendido a outra classe. -- Testemunhos para a Igreja 2:40. Tomando posse afinal ViC 53 2 Não poderá o Seu povo receber o Reino antes do advento pessoal de Cristo. ... O homem, em seu estado presente, é mortal, corruptível; o reino de Deus, porém, será incorruptível, permanecendo para sempre. Portanto, o homem, em sua condição atual, não pode entrar no reino de Deus. Mas, em vindo Jesus, confere a imortalidade a Seu povo; e então os chama para possuírem o reino de que até ali têm sido apenas herdeiros. -- O Grande Conflito, 322, 323. Seguro de vida ViC 54 1 Mediante a atuação do Espírito Santo, Deus opera uma mudança moral na vida dos que formam o Seu povo, transformando-os à semelhança com Cristo. Então, quando a última trombeta soar aos ouvidos dos mortos que dormem em Cristo, eles sairão para uma nova vida, revestidos com as vestes da salvação. Eles atravessam os portões da Cidade de Deus, acolhidos para a felicidade e alegria de seu Senhor. Gostaria que todos nós compreendêssemos e sempre tivéssemos em mente as alegrias que aguardam aqueles que mantêm os olhos no modelo Jesus Cristo, e nesta vida buscam formar um caráter semelhante ao dEle. ViC 54 2 A Palavra de Deus contém nossa apólice de seguro de vida. Comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus significa estudar a Palavra e transferir essa Palavra para a vida em obediência a todos os seus preceitos. Aqueles que assim partilham do Filho de Deus tornam-se participantes da natureza divina, são um com Cristo. Respiram uma atmosfera santa em que somente um salvo pode verdadeiramente viver. Levam em sua vida uma garantia dos princípios santos recebidos da Palavra -- sua vida é trabalhada pelo poder do Espírito Santo, e têm um anseio pela imortalidade que será deles mediante a morte e ressurreição de Cristo. Se o corpo terreno entra em decadência, os princípios e sua fé os sustêm, pois são participantes da natureza divina. Em vista de Cristo ter sido levantado dentre os mortos, eles recebem a promessa de ressurreição final e a vida eterna é a sua recompensa. ViC 55 1 Esta é uma verdade eterna porque Cristo mesmo a ensinou. Ele Se empenhou em ressuscitar justos mortos, pois deu a vida pela vida do mundo. "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai, também quem de Mim se alimenta por Mim viverá." João 6:57. "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome; e quem crê em Mim nunca terá sede." João 6:35. -- Carta 82, 1907, citado em Olhando para o Alto, 72 (Meditações Matinais, 1983). Mansões preparadas para os remidos ViC 55 2 Quão grande será a alegria quando os remidos do Senhor se encontrarem -- reunidos nas mansões para eles preparadas! Oh, que regozijo para todos os que têm sido imparciais e desinteressados cooperadores de Deus em levar avante a Sua obra na Terra! Que satisfação terão todos os ceifeiros quando se ouvir a voz clara e musical de Jesus dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Entrai "no gozo do teu Senhor". Mateus 25:34, 21. -- Conselhos Sobre Mordomia, 348. Direito ao reino ViC 55 3 Temos Sua promessa. Temos o direito de posse à propriedade real no reino da glória. Nunca foi elaborado um título de propriedade mais estritamente de acordo com a lei, nem assinado de modo mais legível, do que o que dá ao povo de Deus o direito às mansões celestiais. "Não se turbe o vosso coração", diz Cristo; "credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também." João 14:1-3. -- Este Dia com Deus, 23 (Meditações Matinais, 1980). Coroas para os fiéis ViC 56 1 Quando o Senhor recolher as Suas jóias, os fiéis, os francos, os sinceros, serão olhados com agrado. Os anjos acham-se empenhados em fazer coroas para esses, e nessas coroas cravejadas de estrelas se refletirá com esplendor a luz irradiada do trono de Deus. ViC 56 2 Falemos das coisas celestiais. Falemos de Jesus, de Sua amabilidade e glória, e de Seu imperecível amor por nós, e deixemos que o coração transborde de amor e gratidão para com Ele, que morreu para nos salvar. Oh, preparemo-nos para encontrar com nosso Senhor em paz! Os que estiverem preparados receberão em breve uma incorruptível coroa de vida, e habitarão para sempre no reino de Deus, com Cristo, com os anjos, e com os que foram redimidos pelo precioso sangue de Cristo. ViC 56 3 Uma coroa de glória... nos está reservada, a nós que esperamos, amamos e anelamos o aparecimento do Salvador. ViC 56 4 Serão os expectantes que hão de ser coroados de glória, honra e imortalidade. Não temos de falar das honras do mundo, ou do louvor de seus grandes. Tudo isso é vaidade. Se Deus apenas neles tocar com Seu dedo, voltarão prontamente ao pó outra vez. Eu quero honra perdurável, honra imortal, honra que jamais perecerá; uma coroa mais preciosa do que qualquer uma das que já ornaram a fronte de um rei. ViC 57 1 Naquele dia, os remidos refletirão a glória do Pai e do Filho. Os anjos do Céu, tocando suas harpas de ouro, darão as boas-vindas ao Rei, e aos que são os troféus de Sua vitória -- os que foram lavados e embranquecidos no sangue do Cordeiro. Ressoará um canto de triunfo, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Entra nas cortes celestiais acompanhado daqueles que redimiu, as testemunhas de que Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. ViC 57 2 Vi então um inumerável exército de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas com nomes escritos, uma para cada santo. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Suas próprias mãos o adorável Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. Do mesmo modo, os anjos trouxeram as harpas, e Jesus as apresentou também aos santos. Os anjos dirigentes desferiram em primeiro lugar o tom, e então todas as vozes se alçaram em louvor grato e feliz, e todas as mãos deslizaram habilmente sobre as cordas da harpa, originando uma música melodiosa, com acordes abundantes e perfeitos. ... ViC 57 3 Dentro da cidade havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda a parte uma intensa glória. Então Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua preciosa e melodiosa voz: "Vejo o trabalho de Minha alma, e estou satisfeito. Esta magnificente glória é de vocês, para a fruíres eternamente. Suas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem pranto; tampouco haverá mais dor." ... ViC 58 1 Vi então Jesus levando Seu povo à árvore da vida. ... Na árvore da vida havia belíssimo fruto, do qual os santos poderiam participar livremente. Na cidade havia um trono gloriosíssimo, do qual provinha um rio puro de água da vida, claro como cristal. Em cada lado desse rio estava a árvore da vida, e nas margens do rio havia outras belas árvores, produzindo fruto que era bom para alimento. ViC 58 2 A linguagem é demasiadamente fraca para tentar uma descrição do Céu. Apresentando-se diante de mim aquela cena, fico inteiramente absorta. Enlevada pelo insuperável esplendor e excelente glória, deponho a pena e exclamo: "Oh, que amor! que amor maravilhoso!" A linguagem mais exaltada não consegue descrever a glória do Céu, ou as profundidades incomparáveis do amor de um Salvador. -- Maranata, o Senhor Vem, 307, 308 (Meditações Matinais, 1977). Roupas belíssimas e coroas gloriosas ViC 58 3 Os herdeiros de Deus vieram dos esconderijos, das choças, dos calabouços, dos cadafalsos, das montanhas, dos desertos, das covas da Terra, das cavernas do mar. ... Não mais são fracos, aflitos, dispersos e opressos. Agora devem estar sempre com o Senhor. Acham-se diante do trono com vestes mais ricas do que já usaram os mais honrados da Terra. Estão coroados com diademas mais gloriosos do que os que já foram colocados na fronte dos reis terrestres. Os dias de dores e prantos acabaram-se para sempre. O Rei da glória enxugou as lágrimas de todos os rostos; removeu-se toda a causa de pesar. Por entre o agitar dos ramos de palmeiras, derramam um cântico de louvor, claro, suave e melodioso; todas as vozes apreendem a harmonia até que reboa pelas abóbadas do Céu. -- O Grande Conflito, 650. Coroas, harpas e ramos de palmeiras ViC 59 1 Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. As fileiras esplendentes são dispostas em forma de um quadrado aberto ao centro, em redor de seu Rei, que Se ergue majestosamente muito acima dos santos e anjos e de cujo rosto irradia benigno amor a todos. ViC 59 2 Por toda a hoste inumerável dos resgatados, todos os olhares se acham fixos nEle, todos os olhos contemplam a glória dAquele cujo "parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos filhos dos homens". Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Sua própria destra põe a coroa de glória. Para cada um há uma coroa que traz o seu "novo nome" (Apocalipse 2:17), e a inscrição: "Santidade ao Senhor." Em cada mão são colocadas a palma do vencedor e a harpa resplandecente. Então, ao desferirem as notas os anjos dirigentes, todas as mãos deslizam com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e melodiosos acordes. Indizível arrebatamento faz vibrar todo coração, e toda voz se ergue em grato louvor: "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre." Apocalipse 1:5, 6. -- O Grande Conflito, 645, 646. ------------------------Capítulo 7 -- Uma atmosfera celestial Bons tempos para o cristão ViC 60 1 A Terra é o lugar de preparação para o Céu. O tempo passado aqui é o inverno do cristão. Aqui os ventos gelados da aflição sopram sobre nós, e as ondas de angústia rolam contra nós. Mas no futuro próximo, quando Cristo vier, sofrimento e lamentação terão fim, para sempre. Então será o verão do cristão. Todas as provas terão findado e não haverá mais doença ou morte. "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." Apocalipse 21:4. -- Olhando para o Alto, 305 (Meditações Matinais, 1983). Provações não serão lembradas ViC 60 2 Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos -- "Aleluia! muito fácil é adquirir o Céu!" -- e tangemos nossas gloriosas harpas e fizemos com que as arcadas do Céu reboassem. -- Vida e Ensinos, 61. Uma família feliz ViC 61 1 As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei do Céu. Todos serão uma família unida e feliz, revestida com as vestes de louvor e ações de graças. ... Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: "Não haverá mais pecado nem morte." Apocalipse 21:4. -- Profetas e Reis, 732, 733. A realidade é melhor que a expectativa ViC 61 2 Cristo aceitou a humildade, e levou na Terra uma vida pura e santificada. Por essa razão, recebeu a designação de juiz. Aquele que ocupa a posição de juiz é Deus manifesto na carne. Que alegria será reconhecer nEle nosso Mestre e Redentor, que ainda traz as marcas da crucifixão, das quais irradiam brilhantes raios de glória, que dão adicional valor às coroas que os remidos Lhe recebem das mãos, as mesmas mãos que se estenderam para abençoar os discípulos, na Sua ascensão. A mesma voz que disse: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos" (Mateus 28:20), dá aos Seus resgatados as boas-vindas à Sua presença. ViC 61 3 O mesmo que deu Sua preciosa vida por eles, que pela Sua graça lhes moveu o coração levando-os ao arrependimento, que lhes fez ver a necessidade de arrependimento, recebe-os, agora, em Seu júbilo. Oh, como eles O amam! A realização de Sua esperança é infinitamente maior do que a expectativa. Sua alegria é completa, e eles tomam suas cintilantes coroas e as depõem aos pés de seu Redentor. -- Conselhos Sobre Mordomia, 349. Deus não revelou tudo ViC 62 1 O Senhor tomou todas as providências para nossa felicidade na vida futura. Todavia, Ele não fez revelação alguma quanto a esses planos, e não devemos cogitar a respeito deles. Nem devemos medir as condições da vida futura pelas condições desta vida. ViC 62 2 Assuntos de vital importância foram claramente revelados na Palavra de Deus. Esses assuntos são dignos de nossa mais profunda reflexão. Mas não devemos pesquisar assuntos sobre que Deus silenciou. Alguns têm apresentado a especulação de que os remidos não terão cabelos grisalhos. Outras estultas suposições têm sido manifestadas como se fossem coisas de importância. Oxalá Deus ajude Seu povo a pensar racionalmente. Quando surgem questões sobre as quais estamos duvidosos, cumpre-nos perguntar: "Que dizem as Escrituras?" -- Mensagens Escolhidas 1:173. Jesus esclarecerá ViC 62 3 Há muito temos esperado a volta de nosso Salvador. Mas nem por isso é a promessa menos segura. Logo estaremos no lar que nos foi prometido. Ali Jesus nos guiará ao longo das vivas correntes de águas que fluem do trono de Deus, e nos explicará as sombrias providências pelas quais nos conduziu para nos aperfeiçoar o caráter. Ali veremos a cada lado as belas árvores do Paraíso e, no meio delas, a árvore da vida. Ali contemplaremos com clara visão as belezas do Éden restaurado. Lançaremos, ali, aos pés de nosso Redentor, as coroas que nos colocou na cabeça, e, tangendo nossas harpas de ouro, daremos louvor e ação de graças Àquele que está assentado no trono. -- Conselhos Sobre Mordomia, 349, 350. Cheios de alegria ViC 63 1 O Céu é um lugar de alegria. Ressoa com o louvor Àquele que fez tão maravilhoso sacrifício pela redenção da raça humana. Não deve a igreja na Terra ser também um lugar feliz? Não devem os cristãos proclamar, pelo mundo inteiro, o prazer de servir a Cristo? Os que tiverem que unir-se com o coro angélico, lá no Céu, em suas antífonas de louvor, têm que aprender aqui na Terra o cântico celestial, cuja nota tônica é a ação de graças. -- Testemunhos para a Igreja 7:244. ViC 63 2 Jesus nos receberá, tão corrompidos como somos, e nos lavará em Seu sangue, purificando-nos da impureza e nos habilitando para a sociedade dos anjos celestiais, num Céu puro e harmonioso. Não há ali dissonância nem discórdia. Tudo é saúde, felicidade e alegria. -- Maranata, o Senhor Vem, 55 (Meditações Matinais, 1977). Nenhuma dor ViC 63 3 A dor não pode existir na atmosfera do Céu. Ali não mais haverá lágrimas, cortejos fúnebres, manifestações de pesar. "Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, ... porque já as primeiras coisas são passadas." Apocalipse 21:4. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade." Isaías 33:24. -- O Grande Conflito, 676. A santidade reina suprema ViC 63 4 No Céu, Deus é tudo em todos. Ali reina suprema a santidade; não há nada para manchar a perfeita harmonia com Deus. Caso estejamos realmente jornadeando para lá, o espírito do Céu habitará em nosso coração aqui. Mas, se não encontramos prazer agora na contemplação das coisas celestiais; se não temos qualquer interesse em buscar o conhecimento de Deus, deleite algum em deter os olhos no caráter de Cristo; se a santidade não exerce a menor atração sobre nós -- podemos então estar certos de que é vã nossa esperança do Céu. A perfeita conformidade com a vontade de Deus é o elevado objetivo a estar sempre diante do cristão. Terá prazer de falar acerca de Deus, de Jesus, do lar puro e bem-aventurado que Cristo preparou para os que O amam. O meditar nesses temas, quando o espírito se apascenta das benditas promessas de Deus, é representado pelo apóstolo como provar "as virtudes do século futuro". Hebreus 6:5. -- Minha Consagração Hoje, 293 (Meditações Matinais, 1989). Perfeita ordem ViC 64 1 Deus é um Deus de ordem. Tudo que se acha em conexão com o Céu, está em perfeita ordem; a sujeição e a perfeita disciplina assinalam os movimentos da hoste angélica. O êxito apenas pode acompanhar a ordem e a ação harmoniosa. Deus requer ordem e método em Sua obra hoje, não menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem fazê-lo inteligentemente, não de maneira descuidada, casual. Ele quer que Sua obra seja feita com fé e exatidão, para que sobre ela ponha o sinal de Sua aprovação. -- Patriarcas e Profetas, 376. Total igualdade ViC 64 2 Os princípios egoístas exercidos na Terra não são os princípios que prevalecerão no Céu. Todos os homens estão em pé de igualdade no Céu. -- Conselhos Sobre Mordomia, 133. Descanso prometido ViC 65 1 É desígnio de Deus que todos sejam operosos. Os incansáveis animais de carga correspondem ao fim para que foram criados, melhor que o homem indolente. Deus é trabalhador constante. Os anjos são trabalhadores; são ministros de Deus para com os filhos dos homens. Os que aguardam um Céu de inatividade ficarão decepcionados; pois a ordem celeste não provê lugar algum para satisfação da indolência. É prometido, porém, repouso ao cansado e ao oprimido. É ao servo fiel que hão de ser dadas as boas-vindas, de seu trabalho para a exaltação de seu Senhor. Com satisfação despirá sua armadura, e esquecerá o fragor da batalha no glorioso descanso preparado para os que vencem mediante a cruz de Cristo. -- Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, 280. Espírito de abnegado amor ViC 65 2 Em seu estado de inocência mantinha o homem feliz comunhão com Aquele "em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência". Colossences 2:3. Depois de pecar, porém, já não podia encontrar alegria na santidade, e procurou esconder-se da presença de Deus. Tal é ainda hoje o estado do coração não convertido. Não está em harmonia com Deus e não encontra prazer na comunhão com Ele. ViC 65 3 O pecador não poderia sentir-se feliz na presença de Deus; esquivar-se-ia ao contato dos seres santos. Se lhe fosse permitido entrar no Céu, este nenhuma alegria lhe proporcionaria. O espírito de abnegado amor que ali reina -- onde cada coração reflete o Infinito Amor -- não encontraria eco em sua vida. Seus pensamentos, seus interesses, seus motivos seriam bem diferentes dos que animam os imaculados habitantes dali. Seria uma nota discordante na melodia celestial. O Céu lhe seria um lugar de suplícios; almejaria ocultar-se dAquele que ali é luz e centro de todas as alegrias. ViC 66 1 Não é um decreto arbitrário da parte de Deus que veda o Céu aos ímpios; estes são excluídos por sua própria inaptidão para dele participar. A glória de Deus lhes seria um fogo consumidor. Prefeririam a destruição, para serem escondidos da face dAquele que morreu para os redimir. -- Caminho a Cristo, 17, 18. Vida social ViC 66 2 Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na pessoa encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. A pura comunhão com seres santos, a vida social harmoniosa com os santos anjos e com os fiéis de todos os tempos, a santa associação que reúne "toda a família nos Céus e na Terra" (Efésios 3:15), tudo fará parte da experiência da eternidade. -- Educação, 307. ------------------------Capítulo 8 -- Finalmente face a face Uma nova visão do céu ViC 67 1 Que fonte de alegria para os discípulos foi saber que tinham tal Amigo no Céu para interceder em seu favor! Por meio da visível ascensão de Cristo foram alterados todos os seus conceitos e expectativas do Céu. Anteriormente, seus pensamentos se haviam demorado nele como uma região de espaço ilimitado, habitada por espíritos sem substância. Agora, o Céu estava relacionado com o conceito de Jesus, a quem haviam amado e reverenciado mais do que todos os outros, com quem haviam conversado e viajado, em quem haviam tocado, até mesmo no Seu corpo ressuscitado, quem lhes falara de esperança e trouxera conforto para o coração, o mesmo Senhor que fora levado de diante dos seus olhos, enquanto ainda falava, de quem ainda recordavam até o tom da voz, ao ser envolto pela nuvem de anjos: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Mateus 28:20. ViC 67 2 O Céu não podia mais parecer-lhes um espaço indefinido e incompreensível, repleto de espíritos intangíveis. Consideravam-no agora como seu futuro lar, em que seu amoroso Redentor estava preparando mansões para eles. A oração se revestira de novo interesse, visto que era uma comunhão com o seu Salvador. Com novas e vibrantes emoções e uma firme confiança de que sua oração seria respondida, eles foram para o cenáculo a fim de apresentar suas petições e clamar pelo cumprimento da promessa, já que o Senhor dissera: "Pedi e recebereis" (Mateus 7:7) "para que vossa alegria seja completa." João 17:13. Eles oravam em nome de Jesus. ViC 68 1 Eles tinham um evangelho para pregar -- Cristo em forma humana, um Homem de dores; Cristo em humilhação, tomado por mãos ímpias e crucificado; Cristo ressurreto e assunto ao Céu, introduzido à presença de Deus, para ser o Advogado do homem; Cristo a voltar com poder e grande glória nas nuvens do céu. -- Eventos Finais, 285, 286; A Maravilhosa Graça de Deus, 47 (Meditações Matinais, 1974). Este mesmo Jesus ViC 68 2 Cristo ascendera ao Céu na forma humana. Os discípulos viram a nuvem recebê-Lo. O mesmo Jesus que andara, e falara e orara com eles; Aquele que partira com eles o pão; que com eles estivera nos botes, no lago; e que fizera com eles, naquele mesmo dia, a penosa subida do Olivete -- o mesmo Jesus fora agora para partilhar do trono do Pai. E os anjos lhes asseguraram que Aquele mesmo que viram subir ao Céu, voltaria outra vez assim como subira. Virá "com as nuvens, e todo o olho O verá". Apocalipse 1:7. ViC 68 3 "Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão." 1 Tessalonicenses 4:16. "Quando o Filho do homem vier em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então Se assentará no trono da Sua glória." Mateus 25:31. Então se cumprirá a promessa do próprio Senhor aos discípulos. "Se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também." João 14:3. Bem podiam os discípulos se regozijar na esperança da vinda do Senhor. -- O Desejado de Todas as Nações, 832. ViC 69 1 Os discípulos ainda estavam com os olhos fitos no céu quando, "eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir". Atos 1:10, 11. ViC 69 2 A promessa da segunda vinda de Cristo deveria ser conservada sempre viva na mente de Seus discípulos. O mesmo Jesus, a quem viram subir ao Céu, viria outra vez, para receber aos que na Terra se entregam a Seu serviço. A mesma voz que lhes disse: "Estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20), dar-lhes-ia as boas-vindas a Sua presença no reino celestial. -- Atos dos Apóstolos, 33. Nós o veremos como Ele é ViC 69 3 Quando os filhos de Deus forem revestidos de imortalidade, vê-Lo-ão "como Ele é". 1 João 3:2. Estarão perante o trono, aceitos no Amado. Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas transgressões. Podem, então, olhar o deslumbrante resplendor do trono de Deus. Foram co-participantes dos sofrimentos de Cristo, foram coobreiros Seus no plano da redenção, e com Ele participam da alegria de ver pessoas salvas no reino de Deus, para ali louvarem a Deus durante toda a eternidade. -- Maranata, o Senhor Vem, 321 (Meditações Matinais, 1977). ViC 70 1 "Se permanecer a obra de alguém ... esse receberá galardão." 1 Coríntios 3:14. Magnífica será a recompensa concedida quando os obreiros fiéis se reunirem em torno do trono de Deus e do Cordeiro. Quando João, em seu estado mortal, contemplou a glória de Deus, caiu como morto: não pôde suportar a visão. Porém quando os filhos de Deus forem revestidos de imortalidade, vê-Lo-ão "como Ele é". 1 João 3:2. Estarão perante o trono, aceitos no Amado. Todos os seus pecados terão sido apagados, removidas todas as suas transgressões. Podem, então, olhar o deslumbrante resplendor do trono de Deus. Foram co-participantes dos sofrimentos de Cristo, foram coobreiros Seus no plano da redenção, e com Ele participam da alegria de ver pessoas salvas no reino de Deus, para ali louvarem a Deus durante toda a eternidade. -- A Maravilhosa Graça de Deus, 353 (Meditações Matinais, 1974); Testemunhos para a Igreja 5:467. O rei do céu ViC 70 2 Quando Cristo veio à Terra a primeira vez, veio em humildade e obscuridade, e Sua vida aqui foi de sofrimento e pobreza. ... Em Sua segunda vinda tudo será mudado. Os homens não O verão como um prisioneiro rodeado pela turba, mas como o Rei do Céu. Cristo virá em Sua própria glória, na glória de Seu Pai e na glória dos santos anjos. Milhões de milhões e milhares de milhares de anjos, os belos e triunfantes filhos de Deus, possuidores de excelente amabilidade e glória, O escoltarão em Seu caminho. Em lugar de uma coroa de espinhos, Ele ostentará uma coroa de glória -- uma coroa dentro de outra. Em lugar daquele velho manto de púrpura, envergará as vestes de inexcedível brancura, "como nenhum lavandeiro na Terra as poderia alvejar". Marcos 9:3. E em Seu manto e na coxa Ele traz um nome escrito: "Rei dos reis e Senhor dos senhores." Apocalipse 19:16. -- A Maravilhosa Graça de Deus, 356 (Meditações Matinais, 1974). Alegria completa ViC 71 1 O mesmo que deu Sua preciosa vida por eles, que pela Sua graça lhes moveu o coração levando-os ao arrependimento, que lhes fez ver a necessidade de arrependimento, recebe-os, agora, em Seu júbilo. Oh, como eles O amam! A realização de Sua esperança é infinitamente maior do que a expectativa. Sua alegria é completa, e eles tomam suas cintilantes coroas e as depõem aos pés de seu Redentor. -- Conselhos Sobre Mordomia, 349. Destino determinado ViC 71 2 O não haver um diabo literal, e haver graça depois da volta de Cristo, estão-se tornando rapidamente fábulas populares. As Escrituras declaram positivamente que o destino de cada pessoa está para sempre determinado por ocasião da vinda do Senhor. "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apocalipse 22:11, 12. -- Testemunhos para a Igreja 1:342, 343. Um laço que jamais se partirá ViC 72 1 Pela Sua vida e morte, Cristo operou ainda mais do que a restauração da ruína produzida pelo pecado. Era o intuito de Satanás causar entre o homem e Deus uma eterna separação; em Cristo, porém, chegamos a ficar em mais íntima união com Ele do que se nunca houvéssemos pecado. Ao tomar a nossa natureza, o Salvador ligou-Se à humanidade por um laço que jamais se partirá. Ele nos estará ligado por toda a eternidade. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Não O deu somente para levar os nossos pecados e morrer em sacrifício por nós; deu-O à raça caída. Para nos assegurar Seu imutável conselho de paz, Deus deu Seu Filho unigênito a fim de que Se tornasse membro da família humana, retendo para sempre Sua natureza humana. Esse é o penhor de que Deus cumprirá Sua palavra. "Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros." Isaías 9:6. ViC 72 2 Deus adotou a natureza humana na pessoa de Seu Filho, levando a mesma ao mais alto Céu. É o "Filho do homem", que partilha do trono do Universo. É o "Filho do homem", cujo nome será "Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz". Isaías 9:6. O EU SOU é o Árbitro entre Deus e a humanidade, pondo a mão sobre ambos. Aquele que é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores" (Hebreus 7:26), "não Se envergonha de nos chamar irmãos". Hebreus 2:11. Em Cristo se acham ligadas a família da Terra e a do Céu. Cristo glorificado é nosso irmão. O Céu Se acha abrigado na humanidade, e esta envolvida no seio do Infinito Amor. -- O Desejado de Todas as Nações, 25, 26. Unido à raça que ele redimiu ViC 73 1 "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Ele O deu, não somente para que vivesse entre os homens, tomasse sobre Si os seus pecados, e morresse em sacrifício por eles; deu-O à raça caída. Cristo devia identificar-Se com os interesses e necessidades da humanidade. Ele, que era um com Deus, ligou-Se aos filhos dos homens por laços que nunca se romperão. Jesus "não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Hebreus 2:11. Ele é nosso sacrifício, nosso Advogado, nosso Irmão, apresentando nossa forma humana perante o trono do Pai, achando-Se, através dos séculos eternos, unido à raça que Ele -- o Filho do homem -- redimiu. E tudo isso para que o homem pudesse ser erguido da ruína e degradação do pecado, a fim de que refletisse o amor de Deus e participasse da alegria da santidade. -- Caminho a Cristo, 14. Multidão redimida ViC 73 2 Na oração intercessória de Cristo a Seu Pai, Ele disse haver cumprido as condições que obrigavam ao Pai cumprir Sua parte do contrato feito no Céu, com relação ao homem caído. ... Declarou-Se glorificado naqueles que crêem nEle. A igreja, em Seu nome, deve levar à gloriosa conclusão a obra por Ele iniciada; e quando essa igreja for afinal redimida no Paraíso de Deus, Ele verá o trabalho de Sua alma e ficará satisfeito. Por toda a eternidade a multidão redimida será Sua máxima glória. -- Filhos e Filhas de Deus, 296 (Meditações Matinais, 1956). A humanidade de Jesus pelos séculos eternos ViC 74 1 Cristo ascendeu ao Céu, como portador de uma humanidade santa e santificada. Levou consigo essa humanidade, para as cortes celestiais, e através dos séculos eternos Ele a manterá, como Aquele que redimiu todo ser humano da cidade de Deus, Aquele que pleiteou perante o Pai: "Na palma das Minhas mãos, te tenho gravado." Isaías 49:16. As palmas de Suas mãos trazem a cicatriz dos ferimentos que recebeu. Se somos machucados e feridos, se encontramos problemas que são difíceis de vencer, lembremo-nos de quanto Cristo sofreu por nós. Devemos nos assentar junto com nossos irmãos nos lugares celestiais, em Cristo. Que a bênção celestial encha nosso coração. ViC 74 2 Jesus assumiu a natureza da humanidade com o objetivo de revelar ao homem um amor puro, altruísta, e nos ensinar como amar uns aos outros. ViC 74 3 Como homem, ascendeu ao Céu. Como homem, é o Substituto da humanidade. Como homem, vive para fazer intercessão por nós. Como homem, virá outra vez com majestoso poder e glória, a fim de buscar os que O amam e para quem está preparando lugar. Devemos alegrar-nos e dar graças porque Deus "estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do Varão que destinou". Atos 17:31. Então vamos ter a comprovação eterna de que todo o universo não caído acompanhou com interesse a grande obra que Jesus veio realizar em nosso mundo, a salvação da raça humana. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1125, 1126; E Recebereis Poder, 368 (Meditações Matinais, 1999). ViC 75 1 Cristo levou Sua humanidade para a eternidade. Acha-Se perante Deus como o representante de nossa raça. Quando nos achamos revestidos dos trajes de bodas de Sua justiça, tornamo-nos um com Ele, e Ele diz a nosso respeito: "Comigo andarão de branco, porque são dignas disso." Apocalipse 3:4. Seus santos O verão em Sua glória, sem nenhum véu de permeio. -- Para Conhecê-lo, 25. ViC 75 2 Cristo ascendeu ao Céu, como portador de uma humanidade santa e santificada. Levou consigo essa humanidade, para as cortes celestiais, e através dos séculos eternos Ele a manterá, como Aquele que redimiu todo ser humano da cidade de Deus. -- Nos Lugares Celestiais, 13 (Meditações Matinais, 1968). Fidelidade de Deus ViC 75 3 Temos tudo que poderíamos pedir, para nos inspirar fé e confiança em Deus. Nas cortes terrestres, quando um rei quer dar seu maior penhor para provar aos homens a sua veracidade, dá ele seu filho como refém, para ser resgatado quando do cumprimento de sua promessa; e, note que penhor da fidelidade do Pai! -- pois quando Ele quis assegurar aos homens a imutabilidade de Seu conselho, deu Ele Seu Filho unigênito, para que viesse à Terra, a fim de tomar a natureza do homem, não só pelos breves anos da vida, mas para reter sua natureza nas cortes celestes, como eterno penhor da fidelidade de Deus. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como do amor de Deus! "Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não O conheceu a Ele mesmo." 1 João 3:1. -- Exaltai-O (Meditações Matinais, 1992). Maravilha para todo o universo ViC 76 1 Este é o mistério da piedade. Haver Cristo tomado a natureza humana, e por uma vida de humilhação elevado o homem na escala do valor moral para com Deus; o levar Ele a natureza que adotara ao trono do Senhor, e aí apresentar Seus filhos ao Pai; o ser conferida a eles uma honra maior que a dos anjos -- eis a maravilha do Universo, o mistério que os anjos desejam compreender. Esse é o amor que abranda o coração do pecador. -- Filhos e Filhas de Deus, 22 (Meditações Matinais, 1956). ------------------------Capítulo 9 -- O Éden restaurado Gloriosamente restaurado ViC 77 1 O jardim do Éden permaneceu na Terra muito tempo depois que o homem fora expulso de seus agradáveis caminhos. Gênesis 4:16. Foi permitido à raça decaída por muito tempo contemplar o lar da inocência, estando a sua entrada vedada apenas pelos anjos vigilantes. A porta do Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória divina. Para ali iam Adão e seus filhos a fim de adorarem a Deus. Ali renovaram seus votos de obediência àquela lei cuja transgressão os havia banido do Éden. Quando a onda de iniqüidade se propagou pelo mundo, e a impiedade dos homens determinou sua destruição por meio de um dilúvio de água, a mão que plantara o Éden o retirou da Terra. Mas, na restauração final de todas as coisas, quando houver "um novo céu e uma nova Terra" (Apocalipse 21:1), será restabelecido, mais gloriosamente adornado do que no princípio. ViC 77 2 Então os que guardaram os mandamentos de Deus respirarão com um vigor imortal, por sob a árvore da vida (Apocalipse 2:7; Apocalipse 22:14); e, através de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que não pecaram contemplarão no jardim de delícias um modelo da obra perfeita da criação de Deus, sem qualquer sinal da maldição do pecado -- modelo do que teria sido a Terra inteira se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso do Criador. -- Patriarcas e Profetas, 62. Uma visão dada a Moisés ViC 78 1 [Moisés] Viu a segunda vinda de Cristo em glória, os justos mortos ressuscitados para vida imortal e os santos vivos trasladados sem ver a morte, juntos ascendendo com cânticos de alegria para a cidade de Deus. ViC 78 2 Ainda outra cena se desdobrara à sua vista -- a Terra livre da maldição, mais linda do que a bela terra da promessa, que tão poucos momentos antes se estendera perante ele. Não há pecado, e a morte não pode entrar ali. Encontram, ali, as nações dos salvos o seu lar eterno. Com indizível alegria Moisés olha para a cena -- a realização de um livramento mais glorioso do que jamais esboçaram as suas mais radiosas esperanças. Passada para sempre sua peregrinação terrestre, entrou finalmente o Israel de Deus na boa terra. -- Patriarcas e Profetas, 477. O Éden florescerá novamente ViC 78 3 Quando o Éden volver a florir na Terra, a lei divina do amor será obedecida por todos debaixo do Sol. -- O Maior Discurso de Cristo, 51. A terra redimida ViC 78 4 O grande plano da redenção tem como resultado trazer de novo o mundo ao favor de Deus, de maneira completa. Tudo que se perdera pelo pecado é restaurado. Não somente o homem é redimido, mas também a Terra, a fim de ser a eterna habitação dos obedientes. Durante seis mil anos, Satanás tem lutado para manter posse da Terra. Agora se cumpre o propósito original de Deus ao criá-la. "Os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade." Daniel 7:18. ViC 79 1 "Desde o nascimento do Sol até ao ocaso, seja louvado o nome do Senhor." Salmos 113:3. "Naquele dia um será o Senhor, e um será o Seu nome." "E o Senhor será Rei sobre toda a Terra." Zacarias 14:9. Dizem as Escrituras: "Para sempre, ó Senhor, a Tua Palavra permanece no Céu." Salmos 119:89. São "fiéis todos os Seus mandamentos. Permanecem firmes para todo o sempre". Salmos 111:7, 8. Os santos estatutos que Satanás odiara e procurara destruir serão honrados por todo um Universo sem pecados. E "como a terra produz os seus renovos, e como o horto faz brotar o que nele se semeia, assim o Senhor Jeová fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações". Isaías 61:11. -- Patriarcas e Profetas, 342. Adão vê o Éden novamente ViC 79 2 Quando os fiéis mortos ressuscitarem e o Rei da glória abrir diante deles os portais da cidade de Deus, e os povos que aceitaram a verdade nela entrarem, quanta beleza e glória irão contemplar os olhos atônitos daqueles que neste mundo não viram belezas maiores do que restou na natureza manchada pela culpa do pecado que cobre toda a Terra. ViC 79 3 É impossível descrever a reação de alegria de Adão, ao ele contemplar de novo o Paraíso, o jardim do Éden, aquele que foi seu lar feliz, e do qual estivera separado durante tanto tempo por causa da sua transgressão. Ele observa aquelas apreciadas flores e árvores, de tão variadas espécies de fruto e beleza, às quais ele tinha dado nome, enquanto ainda em seu estado de inocência. Ele tem sua atenção despertada pelas belíssimas videiras, com as quais se deleitava armando caramanchéis. Mas sua gratidão extravasa quando ele de novo tem diante de si a árvore da vida, com seus ramos espalhados e resplendentes frutos. Agora, outra vez ele tem acesso àqueles frutos e folhas. Antes de mais nada, ele curva-se em adoração, aos pés do Rei da glória e, em seguida, com todos os remidos, entoa o cântico: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto." Apocalipse 5:12. Adão perdera o Éden pela desobediência aos mandamentos de Deus. Agora, recebe de novo o amado jardim através do arrependimento e fiel obediência. Carregou a culpa pela desobediência, frui agora a bênção da obediência. -- Spiritual Gifts 3:88, 89. ------------------------Capítulo 10 -- Quem estará lá? Troféus de Cristo ViC 81 1 Naquele dia os remidos brilharão na glória do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e purificados com o sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestiais, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. ... ViC 81 2 Jesus subiu para o Pai como representante da raça humana, e Deus levará os que refletem a Sua imagem a contemplar a Sua glória e dela participar. -- Testemunhos Seletos 3:432, 433. Os que compartilharam dos sofrimentos de Cristo ViC 81 3 Os que são participantes das aflições de Cristo também participarão de Sua consolação e por fim de Sua glória. -- Atos dos Apóstolos, 261. Surpresas de Deus ViC 82 1 Haverá muitos no Céu, os quais seus vizinhos supunham que lá não entrariam. -- Parábolas de Jesus, 72. Companheiros celestiais ViC 82 2 Então os remidos receberão as boas-vindas às moradas que Jesus lhes está preparando. Então seus companheiros não serão mais as criaturas vis da Terra -- mentirosos, idólatras, impuros e incrédulos; mas conviverão com os que venceram a Satanás e, por meio da graça divina, formaram um caráter perfeito. Toda tendência pecaminosa, toda imperfeição que aqui os aflige, terá sido removida pelo sangue de Cristo, e a excelência e o resplendor de Sua glória, que sobrepuja em muito ao brilho do Sol é o que eles receberão. E deles vai irradiar a beleza moral e a perfeição de Seu caráter, de valor incomparavelmente superior à glória externa. Acham-se irrepreensíveis perante o grande trono branco, compartilhando a dignidade e os privilégios dos anjos. -- Caminho a Cristo, 126. Irmãos Fitch e Stockman ViC 82 3 Todos nós fomos debaixo da árvore [da vida], e sentamo-nos para contemplar o encanto daquele lugar, quando os irmãos Fitch e Stockman, que tinham pregado o evangelho do reino, e a quem Deus depusera na sepultura para os salvar, se achegaram a nós e nos perguntaram o que acontecera enquanto eles haviam dormido. Tentamos lembrar nossas maiores provações, mas pareciam tão pequenas em comparação com o peso eterno de glória mui excelente que nos rodeava, que nada pudemos dizer-lhes, e todos exclamamos -- "Aleluia! é muito fácil alcançar o Céu!" -- e tocamos nossas gloriosas harpas e fizemos com que as arcadas do Céu reboassem. -- Primeiros Escritos, 17. A multidão de redimidos ViC 83 1 Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida, estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apocalipse 7:9. Terminou a sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem. -- O Grande Conflito, 665. Apóstolos de Cristo ViC 83 2 Entre a multidão resgatada acham-se os apóstolos de Cristo, o heróico Paulo, o ardoroso Pedro, o amado e amante João, e seus fiéis irmãos, e com eles o vasto exército dos mártires. -- História da Redenção, 424. Mártires sepultados em Roma ViC 83 3 Nestes retiros subterrâneos [as catacumbas em Roma], os seguidores de Cristo sepultavam os seus mortos; e ali também, quando suspeitos e proscritos, encontravam lar. Quando o Doador da vida despertar os que lutaram o bom combate, muitos que foram mártires por amor de Cristo sairão dessas sombrias cavernas. -- O Grande Conflito, 40. Fiéis seguidores ViC 84 1 Com indizível amor Jesus dá as boas-vindas a Seus fiéis, para "o gozo do teu Senhor". O gozo do Salvador consiste em ver, no reino de glória, as pessoas que foram salvas por Sua agonia e humilhação. E os remidos serão participantes de Sua alegria, vendo eles, entre os bem-aventurados, os que foram ganhos para Cristo por meio de suas orações, trabalhos e sacrifícios de amor. Reunindo-se eles em redor do grande trono branco, indizível júbilo lhes encherá o coração ao contemplarem os que ganharam para Cristo, e verem que um ganhou a outros, e estes ainda outros, todos trazidos para o porto de descanso, para ali deporem sua coroa aos pés de Jesus e louvá-Lo pelos séculos intérminos da eternidade. -- O Grande Conflito, 647. Anjos, santos e nosso Salvador ViC 84 2 Os anjos ali estarão, bem como os santos ressurgidos e os mártires, e o melhor de tudo, o que nos causará a maior alegria, é que ali também estará nosso querido Salvador, que sofreu e morreu para que pudéssemos ter essa felicidade e liberdade. Sua gloriosa face brilhará mais que o Sol, e iluminará a bela cidade, refletindo glória em todo o redor. -- Minha Consagração Hoje, 357 (Meditações Matinais, 1953). As crianças ViC 84 3 Lá estarão as crianças. Nunca terão lutas nem discórdias. Seu amor será ardente e santo. Também terão na cabeça uma coroa de ouro, e uma harpa nas mãos, e seus rostinhos, que aqui vemos, tantas vezes atribulados e perturbados, irradiarão santa alegria, expressão de sua perfeita liberdade e felicidade. -- Minha Consagração Hoje, 357 (Meditações Matinais, 1953). Uma carta de consolo ViC 85 1 Prezado irmão: Quase não sei o que lhe dizer. A notícia do falecimento de sua esposa me deixou perplexa. Quase não o pude acreditar, e ainda agora dificilmente acredito. Deus, na noite do sábado passado, deu-me uma visão que escreverei. ... ViC 85 2 Vi que ela estava selada, e à voz de Deus ressurgiria e se ergueria sobre a Terra, e estaria com os cento e quarenta e quatro mil. Vi que não precisamos chorar sobre ela; ela repousaria durante o tempo da angústia, e tudo que pudéssemos lamentar seria nossa perda de ficar privados de sua companhia. Vi que seu falecimento redundaria em bem. -- Mensagens Escolhidas 2:263. Os que se aproximam de Deus com fé ViC 85 3 Deus com justiça condena a todo que não torne Cristo seu Salvador pessoal; mas perdoa a toda pessoa que dEle se aproxima, com fé, e a habilita a fazer as obras de Deus e, pela fé, estar ligada a Cristo. Desses diz Jesus: "Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade [esta unidade traz a perfeição de caráter], e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:23. ViC 85 4 O Senhor tomou todas as providências para que o homem tenha salvação plena e livre, e seja completo nEle. Deus deseja que Seus filhos desfrutem os brilhantes raios do Sol da Justiça, para que todos possam ter a luz da verdade. Por um preço infinito Deus proveu a salvação ao mundo -- o preço do dom de Seu Filho unigênito. O apóstolo pergunta: "Aquele que nem mesmo a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?" Romanos 8:32. Portanto, se não formos salvos, a culpa não estará com Deus, mas conosco, porque deixamos de cooperar com os agentes divinos. Nossa vontade não coincidiu com a vontade de Deus. -- Mensagens Escolhidas 1:375. Olhando para Jesus ViC 86 1 Quem procura alcançar o Céu por suas próprias obras, guardando a lei, tenta uma impossibilidade. Não pode o homem salvar-se sem a obediência, mas suas obras não devem provir de si mesmo; Cristo deve operar nele o querer e o efetuar, segundo Sua boa vontade. Se o homem pudesse salvar-se por suas obras, teria ele algo em si mesmo, pelo qual se alegrar. O esforço que o homem faz pelas próprias forças para obter a salvação é representado pela oferta de Caim. Tudo que o homem pode fazer sem Cristo é poluído pelo egoísmo e pecado; mas aquilo que é operado pela fé é aceitável a Deus. Quando procuramos alcançar o Céu pelos méritos de Cristo, há progresso espiritual. Olhando para Jesus, autor e consumador de nossa fé, podemos prosseguir de força em força, de vitória em vitória; pois por meio de Cristo a graça de Deus operou nossa salvação completa. ViC 86 2 Sem fé é impossível agradar a Deus. A fé viva habilita seu possuidor a apoiar-se nos méritos de Cristo, habilita-o a tirar grande conforto e contentamento do plano da salvação. -- Mensagens Escolhidas 1:364. Apegando-se a Jesus ViC 87 1 Nosso Salvador é a escada que Jacó viu, cuja base repousava na Terra, e cujo topo alcançava os mais altos Céus. Isso indica o designado meio de salvação. Se algum de nós salvar-se afinal, será apegando-se a Jesus como aos degraus de uma escada. -- Testemunhos para a Igreja 5:539. Obedecer com simplicidade infantil ViC 87 2 Deus põe Seu amor no povo eleito que vive entre os homens. Esses são o povo a quem Cristo redimiu a preço do próprio sangue; e como eles correspondem a atração de Cristo mediante a soberana misericórdia de Deus, são eleitos para ser salvos como Seus filhos obedientes. Manifesta-se neles a abundante graça de Deus, o amor com que os amara. Todo aquele que se humilhar como uma criancinha, que receber a Palavra de Deus e a ela obedecer com a simplicidade de uma criança, achar-se-á entre os eleitos de Deus. -- Nossa Alta Vocação, 75 (Meditações Matinais, 1962). Os cento e quarenta e quatro mil ViC 87 3 Estávamos a caminho do Monte Sião. No trajeto, encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que por Ele haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. O Monte Sião estava exatamente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios. E vi as crianças subirem, ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão. ViC 88 1 Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espécies de árvores; o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira, curvada ao peso de seus figos maduros, embelezavam aquele local. E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os cento e quarenta e quatro mil entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia"! ViC 88 2 Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engastadas de pérolas belíssimas. As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh! se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do mundo melhor. Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos cento e quarenta e quatro mil. -- Primeiros Escritos, 18, 19. A promessa de Deus a Ellen White ViC 88 3 O Senhor me proporcionou uma vista de outros mundos. Foram-me dadas asas, e um anjo me acompanhou desde a cidade até um lugar brilhante e glorioso. ... Pedi ao meu anjo assistente que me deixasse ficar ali. Não podia suportar o pensamento de voltar a este mundo tenebroso. Disse então o anjo: "Deves voltar e, se fores fiel, juntamente com os cento e quarenta e quatro mil terás o privilégio de visitar todos os mundos e ver a obra das mãos de Deus." -- Primeiros Escritos, 39, 40. Abel receberá a imortalidade ViC 89 1 Em Sua segunda vinda, todos os preciosos mortos, desde Abel até o último dos santos que morreram, serão ressuscitados para a vida gloriosa e imortal. -- The S.D.A. Bible Commentary 5:1110. A possessão eterna de Abraão ViC 89 2 O plano da redenção foi-lhe desvendado, tanto em relação à morte de Cristo, o grande sacrifício, como à Sua vinda em glória. Abraão viu também a Terra restabelecida à sua beleza edênica, para lhe ser dada em possessão eterna, como o cumprimento final e completo da promessa. -- Patriarcas e Profetas, 137. Os vencedores receberão a coroa ViC 90 3 Que nenhum homem se orgulhe de ser bem-sucedido, a menos que preserve a integridade de sua consciência, dedicando-se integralmente à verdade e a Deus. Deveríamos mover-nos firmemente para diante, nunca perdendo o ânimo ou a esperança na boa obra, quaisquer que sejam as aflições que venham bloquear nosso caminho, qualquer que seja a escuridão moral a envolver-nos. Paciência, fé e amor pelo dever, são lições que precisamos aprender. Subjugar o eu e olhar para Jesus é uma obra diária. O Senhor nunca abandonará a pessoa que nEle confia e busca Seu auxílio. A coroa da vida será colocada apenas sobre a fronte do vencedor. Enquanto a vida durar, todos devem realizar uma obra zelosa e solene para Deus. Enquanto o poder de Satanás aumenta e seus enganos são multiplicados, habilidade, aptidão e inteligente estratégia deveriam ser exercidas por aqueles que estão à testa do rebanho de Deus. Cada um de nós não tem apenas uma obra a fazer por si mesmo, mas temos também o dever de estimular outros a obterem a vida eterna. -- Testemunhos para a Igreja 5:70, 71. ViC 90 1 Quem deseja ser santo no Céu precisa ser primeiro santo na Terra. Os traços de caráter cultivados na vida não serão modificados pela morte ou pela ressurreição. Sairemos da sepultura com a mesma disposição que manifestamos em nosso lar e na sociedade. Jesus não altera o caráter em Sua vinda. A obra de transformação tem de ser efetuada agora. Nossa vida diária está determinando o nosso destino. Precisamos arrepender-nos dos defeitos de caráter, vencê-los pela graça de Cristo e formar um caráter simétrico neste período de prova, a fim de que sejamos habilitados para as mansões lá do alto. -- Eventos Finais, 295. ViC 90 2 O propósito original de Deus na criação da Terra se cumpre, quando ela é feita a eterna morada dos remidos. "Os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre." Salmos 37:29. ViC 90 3 Então com Ele fruiremos todas as glórias do mundo vindouro através dos intermináveis séculos da eternidade. ... No reino de Deus, nada haverá que perturbe ou enfade. Essa é a vida prometida ao vencedor -- vida de felicidade e paz, vida de amor e beleza. ... Não há ali pecado, não há consternadores cuidados, nada que perturbe a paz dos habitantes. -- Minha Consagração Hoje, 350 (Meditações Matinais, 1953). ViC 90 4 Os que vencem o mundo, a carne e o diabo, serão os agraciados que receberão o selo do Deus vivo. Aqueles cujas mãos não são limpas, cujo coração não é puro, não terão o selo do Deus vivo. Os que planejam pecado e o praticam serão omitidos. Somente os que, em sua atitude diante de Deus, desempenham a parte dos que se arrependem e confessam os pecados no grande dia antitípico da expiação serão reconhecidos e assinalados como dignos da proteção de Deus. O nome dos que firmemente desejam e esperam o aparecimento do Salvador -- e por ele anseiam mais ardorosa e ansiosamente do que os que esperam pela manhã -- será contado como dos selados. ViC 91 1 Aqueles que, embora tendo toda a luz da verdade a brilhar em sua vida, e devendo ter obras correspondentes a sua profissão de fé, ainda assim são atraídos pelo pecado, construindo ídolos em seu coração, corrompendo sua alma diante de Deus, e contaminando aqueles que com eles se unem no pecado, terão seu nome apagado do livro da vida, e serão deixados nas trevas da meia-noite, sem óleo nos vasos nem nas lâmpadas. "Mas para vós que temeis o Meu nome nascerá o Sol da Justiça e salvação trará debaixo das Suas asas." Malaquias 4:2. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 445. ViC 91 2 Há diante de nós um Céu, uma coroa de vida a ganhar. Mas somente ao vencedor é dada a recompensa. O que obtém o Céu precisa estar revestido das vestes da justiça. "E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro." 1 João 3:3. No caráter de Cristo não havia desarmonia de espécie alguma. E o mesmo pode acontecer conosco. Nossa vida pode ser regida pelos princípios que governaram a Sua vida. -- Filhos e Filhas de Deus, 8 (Meditações Matinais, 1956). Os fiéis serão exaltados e honrados ViC 92 1 As glórias que aguardam o fiel vencedor estão além de qualquer descrição. O Senhor honrará grandemente e exaltará Seus fiéis. Eles crescerão como o cedro, e sua compreensão certamente aumentará. E a cada passo de avanço no conhecimento sua expectativa se revelará bem aquém da realidade. "Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam." 1 Coríntios 2:9. Nossa obra agora é preparar-nos para aquelas mansões que Deus está preparando para aqueles que O amam e guardam os Seus mandamentos. ... O Senhor Jesus ampliará toda mente e coração para o recebimento do Espírito Santo. -- Olhando para o Alto, 145 (Meditações Matinais, 1983). De volta ao redil ViC 92 2 Quando romper realmente sobre nós a tempestade da perseguição, as ovelhas fiéis ouvirão a voz do Pastor verdadeiro. Serão feitos abnegados esforços para salvar os perdidos, e muitos dos que se extraviaram do redil voltarão a seguir o grande Pastor. -- Serviço Cristão, 166. Seu irmão muito amado ViC 92 3 O nome do negro está escrito no livro da vida, junto do nome do branco. Todos são um em Cristo. O nascimento, a posição, nacionalidade ou cor não podem elevar nem degradar os homens. O caráter é que faz o homem. Se um pele-vermelha, um chinês ou africano rende o coração a Deus em obediência e fé, Jesus não o ama menos por causa de sua cor. Ele Se considera Seu irmão muito amado. -- Serviço Cristão, 218. Encontrando os salvos ViC 93 1 Os remidos hão de encontrar e reconhecer aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso Salvador. Que alegres conversas hão de eles ter com essas pessoas! "Eu era pecador", dirá alguém, "sem Deus e sem esperança no mundo; e você se aproximou de mim, e atraiu minha atenção para o precioso Salvador, como minha única esperança." ... Outros dirão: "Eu era pagão, em terras pagãs. Você deixou seu lar confortável e veio me ajudar a encontrar Jesus, e a crer nEle como único Deus verdadeiro. Destruí meus ídolos e adorei a Deus, e agora vejo-O face a face. Estou salvo, eternamente salvo, para ver perpetuamente Aquele a quem amo." -- Minha Consagração Hoje, 353 (Meditações Matinais, 1953). Ganhadores de almas ViC 93 2 Todo mordomo fiel dos bens que lhe foram confiados entrará no gozo do seu Senhor. Que é esse gozo? -- "Digo-vos que assim haverá alegria no Céu por um pecador que se arrepende." Lucas 15:7. Haverá um bendito louvor, uma santa bênção aos fiéis ganhadores de almas. Unir-se-ão aos que se regozijam no Céu, que aclamam e festejam a colheita. -- Conselhos Sobre Mordomia, 348. O céu no coração ViC 93 3 Cristo tem sido companheiro diário e amigo familiar dos fiéis seguidores. Viveram em contato íntimo, em comunhão constante com Deus. A glória de Deus resplandeceu sobre eles. Refletiu-se neles a luz do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Agora se regozijam nos raios não ofuscados do resplendor e glória do Rei, em Sua majestade. Estão preparados para a comunhão do Céu; pois têm o Céu no coração. ViC 94 1 De fronte erguida, os brilhantes raios do Sol da Justiça sobre eles resplandecendo, com júbilo porque sua redenção se aproxima, saem ao encontro do Esposo, dizendo: "Eis que Este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará." Isaías 25:9. ViC 94 2 "E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus todo-poderoso, reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua esposa se aprontou. ... E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro." Apocalipse 19:6, 7, 9. "Porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com Ele, chamados, eleitos e fiéis." Apocalipse 17:14. -- Parábolas de Jesus, 421. Abraão, Isaque, Jacó, Daniel e outros ViC 94 3 Em outra passagem do livro A Word to the Little Flock [Uma Palavra ao Pequeno Rebanho], falo de cenas na Nova Terra, e declaro haver visto aí homens santos de outrora: "Abraão, Isaque, Jacó, Noé, Daniel e muitos como eles." -- Mensagens Escolhidas 1:64. Os que seguiram o modelo ViC 94 4 Os expectantes santos O estarão aguardando e com os olhos direcionados ao Céu, como os varões galileus quando Ele ascendeu do Monte das Oliveiras. Então somente os que são santos, os que seguiram inteiramente o manso Modelo, exclamarão com enorme alegria ao contemplá-Lo: "Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará." Isaías 25:9. E serão mudados "num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta" (1 Coríntios 15:52) -- a trombeta que desperta os santos que dormem e chama-os de suas camas de pó, revestidos de gloriosa imortalidade e clamando: "Vitória! Vitória sobre a morte e a sepultura!" Os santos transformados são então levados para o alto juntamente com os anjos a encontrar o Senhor nos ares, para nunca mais se separarem do objeto do seu amor. -- Primeiros Escritos, 110. Os que fazem sua vontade ViC 95 1 O caráter que manifestarmos agora decidirá nosso futuro destino. Encontraremos a felicidade do Céu pondo-nos em conformidade com a vontade de Deus, e se os homens se tornarem membros da família real no Céu, será porque para eles o Céu começou na Terra. ... Os justos levarão toda graça, aptidão preciosa e santificada, para as cortes do alto, e trocarão a Terra pelo Céu. Deus sabe quem são os súditos leais e fiéis de Seu reino na Terra; e os que fizerem Sua vontade aqui no mundo, tal como é feita no Céu, serão tornados membros da família real de cima. -- Filhos e Filhas de Deus, 361 (Meditações Matinais, 1956). Trabalhar em harmonia com Deus ViC 95 2 Ninguém, nem mesmo Deus, nos pode levar para o Céu a menos que façamos o necessário esforço de nossa parte. Importa introduzirmos traços de beleza em nossa vida. Temos de excluir as desagradáveis características naturais que nos tornam diferentes de Jesus. Ao passo que Deus opera em nós o querer e o efetuar Sua boa vontade, cumpre-nos cooperar com Ele. A religião de Cristo transforma o coração. Torna a mente mundana do homem uma mente voltada para as realidades celestiais. Sob sua influência, o egoísta se torna abnegado, porque este é o caráter de Cristo. O homem desonesto, astucioso, torna-se reto, de modo que fica sendo uma segunda natureza nele fazer aos outros o que desejaria que lhe fizessem a ele. O dissoluto é transformado da impureza para a pureza. Forma hábitos corretos; pois o evangelho de Cristo se tornou para ele cheiro de vida para vida. -- Testemunhos para a Igreja 5:345. Contemplação das coisas celestiais ViC 96 1 No Céu, Deus é tudo em todos. Ali reina suprema a santidade; não há nada para manchar a perfeita harmonia com Deus. Caso estejamos realmente jornadeando para lá, o espírito do Céu habitará em nosso coração aqui. Mas, se não encontramos prazer agora na contemplação das coisas celestiais; se não temos qualquer interesse em buscar o conhecimento de Deus, deleite algum em deter os olhos no caráter de Cristo; se a santidade não tem a menor atração para nós -- podemos então estar certos de que é vã nossa esperança do Céu. A perfeita conformidade com a vontade de Deus é o elevado objetivo que deve estar sempre diante do cristão. Terá prazer de falar acerca de Deus, de Jesus, do lar puro e bem-aventurado que Cristo está preparando para os que O amam. O meditar nesses temas, quando o espírito se deleita nas benditas promessas de Deus, é representado pelo apóstolo como provar "as virtudes do século futuro". Hebreus 6:5. -- Testemunhos para a Igreja 5:745. "Amarás ao Senhor ... e ao teu próximo" ViC 96 2 "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo. ... Faze isso e viverás." Lucas 10:27, 28. Todos quantos puserem sua vida em conformidade com os claros reclamos da Palavra de Deus hão de herdar a vida eterna. -- Mensagens Escolhidas 1:174. Os que partilharam dos sofrimentos de Cristo ViC 97 1 Unicamente os que partilharam dos sofrimentos do Filho de Deus, "vieram de grande tribulação, e lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro" (Apocalipse 7:14), podem desfrutar da indescritível glória e insuperável beleza do Céu. -- Testemunhos para a Igreja 1:155. Vestidos de pureza ViC 97 2 Logo Cristo virá para levar o Seu povo para as mansões que Ele lhes está preparando. Mas nada que contamine poderá entrar nessas mansões. O Céu é puro e santo, e os que entrarem pelos portões da Cidade de Deus devem estar vestidos de pureza interior e exterior. -- Conselhos Sobre Saúde, 103. Os que ouviram sua voz ViC 97 3 Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do Divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os gentios, pessoas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus. ViC 98 1 Quão surpresos e jubilosos ficarão os humildes dentre as nações, e dentre os pagãos, de ouvir dos lábios do Salvador: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes"! Mateus 25:40. Quão alegre ficará o coração do Infinito amor quando Seus seguidores erguerem para Ele o olhar, em surpresa e regozijo ante Suas palavras de aprovação! ViC 98 2 Mas o amor de Cristo não se restringe a uma classe. Ele Se identifica com todo filho da raça humana. Para fazermos parte da família celestial, tornou-Se membro da família humana. É o Filho do homem, e assim um irmão de todo filho e filha de Adão. Seus seguidores não se devem sentir separados do mundo que perece em seu redor. São uma parte da grande teia da humanidade; e o Céu os considera irmãos dos pecadores da mesma maneira que dos santos. Os caídos, os errantes e os pecadores são todos envolvidos pelo amor de Cristo; e toda boa ação praticada para erguer uma alma caída, todo ato de misericórdia, é aceito como feito a Ele próprio. -- O Desejado de Todas as Nações, 638. ------------------------Capítulo 11 -- Alguns já estão no céu Enoque ViC 99 1 O coração de Enoque estava nos tesouros eternos. Ele estimava a cidade celestial. Vira o Rei em Sua glória no meio de Sião. Seu espírito, seu coração, sua conversação, eram sobre coisas celestiais. Quanto maior era a iniqüidade existente, mais ardente era o seu anelo pelo lar de Deus. Enquanto ainda se encontrava na Terra, habitou pela fé no reino da luz. ViC 99 2 "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus." Mateus 5:8. Durante trezentos anos, Enoque estivera procurando pureza de alma, para que pudesse estar em harmonia com o Céu. Durante três séculos, andara com Deus. Dia após dia, almejara uma união mais íntima; cada vez mais estreita se tornara a comunhão até que Deus o tomou para Si. Estivera no limiar do mundo eterno, havendo apenas um passo entre ele e o país da bem-aventurança; e, agora, abriram-se os portais; o andar com Deus durante tanto tempo praticado em terra continuou, e ele passou pelas portas da santa cidade -- o primeiro dentre os homens a entrar ali. -- Patriarcas e Profetas, 87. Moisés ViC 100 1 O próprio Cristo, com os anjos que sepultaram a Moisés, desceu do Céu para chamar o santo que dormia. Satanás exultara com seu êxito, fazendo Moisés pecar contra Deus, e cair assim sob o domínio da morte. O grande adversário declarou que a sentença divina -- "És pó, e em pó te tornarás" (Gênesis 3:19) -- lhe dava posse dos mortos. O poder da sepultura nunca havia sido quebrado, e todos os que se achavam no túmulo ele considerava como cativos seus, para jamais serem libertos da tenebrosa prisão. ViC 100 2 Pela primeira vez estava Cristo para dar a vida aos mortos. Como o Príncipe da vida e os seres resplandecentes se aproximassem da sepultura, Satanás ficou apreensivo pela sua supremacia. Com seus anjos maus levantou-se para contestar a invasão do território que alegava ser de sua posse. Ufanava-se de que o servo de Deus se houvesse tornado seu prisioneiro. Declarou que mesmo Moisés não foi capaz de guardar a lei de Deus; que tomara para si a glória devida a Jeová -- o mesmo pecado que determinara o banimento de Satanás do Céu -- e viera pela transgressão sob o domínio de Satanás. O maior dos traidores reiterou as acusações originais que fizera contra o governo divino, e repetiu suas queixas da injustiça de Deus para com ele. ViC 100 3 Cristo não Se rebaixou a entrar em controvérsia com Satanás. Poderia apresentar contra ele a obra cruel que seus enganos haviam operado no Céu, causando a ruína de um número enorme de seus habitantes. Poderia ter apontado às falsidades proferidas no Éden, as quais haviam determinado o pecado de Adão e acarretado a morte ao gênero humano. Poderia ter lembrado a Satanás que foi sua obra de tentar Israel à murmuração e à rebelião o que esgotara a longânima paciência de seu dirigente, e em um momento de descuido o surpreendera no pecado pelo qual caíra sob o poder da morte. Mas Cristo remeteu tudo isso a Seu Pai, dizendo: "O Senhor te repreenda." Judas 9. ViC 101 1 O Salvador não entrou em discussão com Seu adversário, mas naquele momento, ali mesmo, iniciou a obra de quebrar o poder desse adversário decaído, e de trazer o morto à vida. Ali estava uma prova que Satanás não podia contestar, relativa à supremacia do Filho de Deus. Tornou-se para sempre certa a ressurreição. Satanás foi despojado de sua presa; os justos mortos de novo viveriam. ViC 101 2 Em conseqüência do pecado, Moisés viera sob o poder de Satanás. Em seus próprios méritos era o legítimo cativo da morte; mas foi ressurgido para a vida imortal, mantendo este título em nome do Redentor. Moisés saiu do túmulo glorificado, e ascendeu com seu Libertador à cidade de Deus. ViC 101 3 Nunca, antes que fossem exemplificados no sacrifício de Cristo, foram a justiça e o amor de Deus mais notavelmente demonstrados do que em Seu trato com Moisés. Deus excluiu Moisés de Canaã, a fim de ensinar uma lição que jamais deveria ser esquecida -- de que Ele exige estrita obediência, e de que os homens devem acautelar-se em não tomarem para si a glória que é devida a seu Criador. Ele não podia atender a oração de Moisés, de que lhe fosse dado partilhar da herança de Israel; mas não Se esqueceu de Seu servo, nem o abandonou. O Deus do Céu compreendia os sofrimentos que Moisés havia suportado; notara cada ato de serviço fiel durante aqueles longos anos de conflito e provações. No cume de Pisga, Deus chamou Moisés a uma herança infinitamente mais gloriosa do que a Canaã terrestre. ViC 102 1 No monte da transfiguração Moisés estava presente com Elias, que fora trasladado. Foram enviados como portadores de luz e glória da parte do Pai a Seu Filho. E assim a oração de Moisés, proferida havia tantos séculos antes, finalmente se cumpriu. Estava ele na "boa montanha" (Deuteronômio 3:25), dentro da herança de seu povo, dando testemunho dAquele em quem se centralizavam todas as promessas de Israel. Tal é a última cena revelada aos olhos mortais na história daquele homem tão altamente honrado pelo Céu. -- Patriarcas e Profetas, 478, 479. Elias ViC 102 2 "E sucedeu que indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao Céu num redemoinho". 2 Reis 2:1-11. ViC 102 3 Elias foi um tipo dos santos que estarão vivendo na Terra por ocasião do segundo advento de Cristo, e que serão "transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta" (1 Coríntios 15:51, 52), sem provar a morte. Foi como representante dos santos a serem assim trasladados que, ao aproximar-se o fim do ministério terrestre de Cristo, foi permitido a Elias estar com Moisés ao lado do Salvador no monte da transfiguração. Nesses entes glorificados os discípulos viram em miniatura a representação do reino dos redimidos. Eles contemplaram a Jesus revestido com a luz do Céu; ouviram uma voz que "saiu da nuvem" (Lucas 9:35), reconhecendo-O como o Filho de Deus; viram Moisés representando os que serão ressuscitados da morte por ocasião do segundo advento; e ali estava também Elias, representando os que, no fim da história terrestre, serão mudados do estado mortal para o imortal, e serão trasladados ao Céu sem ver a morte. ViC 103 1 No deserto, em solidão e desencorajamento, Elias dissera que já havia vivido bastante, e orara pedindo a morte. Mas o Senhor em Sua misericórdia não o tomara pela palavra. Grande obra havia ainda para ser feita por Elias; e quando sua obra tivesse terminado, não devia ele ser deixado a perecer em desencorajamento e solidão. Não lhe estava reservado descer à tumba, mas ascender com os anjos de Deus à presença de Sua glória. -- Profetas e Reis, 227, 228. Moisés e Elias ViC 103 2 Moisés, sobre o monte da transfiguração, era um testemunho da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Representava os que sairão do sepulcro na ressurreição dos justos. Elias, que fora trasladado ao Céu sem ver a morte, representava os que se hão de achar vivos na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo, e que serão "transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta"; quando "isto que é mortal se revestir da imortalidade" e "isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade". 1 Coríntios 15:51-53. Jesus estava revestido da luz do Céu, como há de aparecer quando vier a "segunda vez, sem pecado, ... para salvação". Hebreus 9:28. Pois virá "na glória de Seu Pai, com os santos anjos". Marcos 8:38. ViC 103 3 Cumpriu-se então a promessa do Salvador aos discípulos. Sobre o monte, foi representado em miniatura o futuro reino da glória -- Cristo, o Rei, Moisés como representante dos santos ressuscitados, e Elias dos trasladados. -- O Desejado de Todas as Nações, 421, 422. Uma ressurreição especial ViC 104 1 Cristo ressurgiu dos mortos como as primícias dos que dormem. Era representado pelo molho movido, e Sua ressurreição ocorreu no próprio dia em que o mesmo devia ser apresentado perante o Senhor. Por mais de mil anos esta simbólica cerimônia fora realizada. Das searas colhiam-se as primeiras espigas de grãos maduros, e quando o povo subia a Jerusalém, por ocasião da páscoa, o molho das primícias era movido como uma oferta de ações de graças perante o Senhor. Enquanto essa oferenda não fosse apresentada, a foice não podia ser metida aos cereais, nem estes ser reunidos em molhos. O molho dedicado a Deus representava a colheita. Assim Cristo, as primícias, representava a grande colheita espiritual para o reino de Deus. Sua ressurreição é o tipo e o penhor da ressurreição de todos os justos mortos. "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele." 1 Tessalonicenses 4:14. ViC 104 2 Quando Cristo ressurgiu, trouxe do sepulcro uma multidão de cativos. O terremoto, por ocasião de Sua morte, abrira-lhes o sepulcro e, ao ressuscitar Ele, ressurgiram juntamente. Eram os que haviam colaborado com Deus, e que à custa da própria vida tinham dado testemunho da verdade. Agora deviam ser testemunhas dAquele que os ressuscitara dos mortos. ViC 104 3 Durante Seu ministério, Jesus ressuscitara mortos. Fizera reviver o filho da viúva de Naim, a filha do principal, e Lázaro. Estes não foram revestidos de imortalidade. Ressurgidos, estavam ainda sujeitos à morte. Aqueles, porém, que ressurgiram por ocasião da ressurreição de Cristo, saíram para a vida eterna. Ascenderam com Ele, como troféus de Sua vitória sobre a morte e o sepulcro. Estes, disse Cristo, não mais são cativos de Satanás. Eu os redimi. Trouxe-os da sepultura como as primícias de Meu poder, para estarem comigo onde Eu estiver, para nunca mais verem a morte nem experimentarem a dor. ViC 105 1 Esses entraram na cidade e apareceram a muitos, declarando: Cristo ressurgiu dos mortos, e nós ressurgimos com Ele. Assim foi imortalizada a sagrada verdade da ressurreição. Os ressurgidos santos deram testemunho da veracidade das palavras: "Os Teus falecidos viverão; juntamente com o Meu cadáver eles se levantarão." Sua ressurreição era um símile do cumprimento da profecia: "Acordai, e gritai jubilando, vós que habitais no pó; porque o teu orvalho é um orvalho de ervas; e a Terra dará de si os defuntos." Isaías 26:19 (TT). ViC 105 2 Para o crente, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdera mediante o pecado; pois Ele possui vida em Si mesmo. -- O Desejado de Todas as Nações, 787. ------------------------Capítulo 12 -- Alguns que não estarão lá Caim ViC 106 1 Apesar de Caim haver merecido a sentença de morte pelos seus crimes, um Criador misericordioso ainda lhe poupou a vida, e concedeu-lhe oportunidade para o arrependimento. Mas Caim viveu apenas para endurecer o coração, para incentivar a rebelião contra a autoridade divina, e tornar-se o chefe de uma linhagem de pecadores ousados e perdidos. Esse único apóstata, dirigido por Satanás, tornou-se o tentador para outros; e seu exemplo e influência exerceram uma força desmoralizadora, até que a Terra se corrompeu e se encheu de violência a ponto de reclamar a sua destruição. -- Patriarcas e Profetas, 78. A mulher de Ló ViC 106 2 Se o próprio Ló não houvesse manifestado hesitação em obedecer à advertência do anjo, antes tivesse ansiosamente fugido para as montanhas, sem uma palavra de insistência ou súplica, sua esposa teria também podido escapar. A influência de seu exemplo a teria salvo do pecado que selou a sua perdição. Mas a hesitação e demora dele fizeram com que ela considerasse levianamente a advertência divina. Ao mesmo tempo em que seu corpo estava sobre a planície, o coração apegava-se a Sodoma, e ela pereceu com Sodoma. Rebelara-se contra Deus porque Seus juízos envolviam na ruína as posses e os filhos. Posto que tão grandemente favorecida ao ser chamada da ímpia cidade, entendeu que era tratada severamente, porque a riqueza que tinha levado anos para acumular devia ser deixada para a destruição. Em vez de aceitar com gratidão o livramento, presunçosamente olhou para trás, desejando a vida daqueles que haviam rejeitado a advertência divina. Seu pecado mostrou ser ela indigna da vida, por cuja preservação tão pouca gratidão sentira. -- Patriarcas e Profetas, 161, 162. O rei Saul ViC 107 1 Saul sabia que nessa última ação, de consultar a médium de Endor, estava rompendo o único fio que ainda o ligava a Deus. O que não conseguira antes, com toda a sua obstinação, era agora final e definitivo: esse ato selou a sua separação de Deus. E chegou a fazer um concerto com a morte, um acordo com o inferno. O cálice da sua iniqüidade transbordou. -- The Spirit of Prophecy 1:376, 377. Judas ViC 107 2 Deus determinou meios, para que, se nós os usarmos diligentemente e com oração, nenhuma nau sofra naufrágio, mas subsista à tempestade e à tormenta, e ancore num Céu de bem-aventuranças afinal. Mas se desprezarmos e negligenciarmos esses decretos e privilégios, Deus não realizará um milagre para salvar a qualquer um de nós, e estaremos perdidos como Judas e Satanás. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 453. Herodes, Herodias, Pilatos e outras pessoas ViC 108 1 E agora, perante a multidão agitada, revelam-se as cenas finais -- o paciente Sofredor trilhando o caminho do Calvário, o Príncipe do Céu suspenso na cruz; os altivos sacerdotes e a plebe zombeteira a escarnecer de Sua agonia mortal, as trevas sobrenaturais; a Terra a palpitar, as pedras despedaçadas, as sepulturas abertas, assinalando o momento em que o Redentor do mundo rendeu a vida. ViC 108 2 O terrível espetáculo aparece exatamente como foi. Satanás, seus anjos e súditos não têm poder para se desviarem do quadro que é a sua própria obra. Cada ator relembra a parte que desempenhou. Herodes, matando as inocentes crianças de Belém, a fim de que pudesse destruir o Rei de Israel; a vil Herodias, sobre cuja alma criminosa repousa o sangue de João Batista; o fraco Pilatos, subserviente às circunstâncias; os soldados zombadores; os sacerdotes e príncipes, e a multidão furiosa que clamou: "O Seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos!" -- todos contemplam a enormidade de seu crime. Em vão procuram ocultar-se da majestade divina de Seu rosto, mais resplandecente que o Sol, enquanto os remidos lançam suas coroas aos pés do Salvador, exclamando: "Ele morreu por mim!" -- O Grande Conflito, 667. ViC 108 3 Os que escarneceram de Sua declaração de ser Ele o Filho de Deus estão agora mudos. Ali está o altivo Herodes, que zombou de Seu título real, mandando os soldados zombadores coroá-Lo rei. Estão ali os mesmos homens que com mãos ímpias Lhe colocaram sobre o corpo o manto de púrpura, e sobre a fronte sagrada a coroa de espinhos, e na mão, que não opunha resistência, uma imitação de cetro, e diante dEle se curvavam em zombaria blasfema. Os homens que bateram e cuspiram no Príncipe da vida, agora se desviam de Seu penetrante olhar, procurando fugir da subjugante glória de Sua presença. Aqueles que introduziram os cravos através de Suas mãos e pés, o soldado que Lhe feriu o lado, contemplam esses sinais com terror e remorso. ViC 109 1 Com terrível precisão sacerdotes e príncipes recordam-se dos acontecimentos do Calvário. Estremecendo de horror, lembram-se de como, movendo a cabeça em satânica alegria, exclamaram: "Salvou os outros e a Si mesmo não pode salvar-Se. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e creremos nEle; confiou em Deus; livre-O agora, se O ama." Mateus 27:42, 43. ViC 109 2 Vividamente relembram a parábola dos lavradores que se recusaram a entregar a seu senhor o fruto da vinha, maltrataram seus servos, e lhe mataram o filho. Lembram-se também da sentença que eles próprios pronunciaram: O senhor da vinha "dará afrontosa morte aos maus". No pecado e castigo daqueles homens infiéis, vêem os sacerdotes e anciãos seu próprio procedimento e sua própria justa condenação. E, agora, ergue-se um clamor de agonia mortal. Mais alto do que o grito -- "Crucifica-O, crucifica-O", que repercutiu pelas ruas de Jerusalém, reboa o pranto terrível, desesperado: "Ele é o Filho de Deus! Ele é o verdadeiro Messias!" Procuram fugir da presença do Rei dos reis. Nas profundas cavernas da Terra, fendida pela luta dos elementos, tentam em vão esconder-se. -- O Grande Conflito, 643, 644. Nero e sua mãe; sacerdotes e pontífices ViC 110 1 Entre a multidão resgatada acham-se os apóstolos de Cristo, o heróico Paulo, o ardoroso Pedro, o amado e amante João, e seus fiéis irmãos, e com estes o vasto exército dos mártires, ao passo que, fora dos muros, com tudo o que é vil e abominável, estão aqueles pelos quais foram perseguidos, presos e mortos. Ali está Nero, aquele monstro de crueldade e vício, contemplando a alegria e exaltação daqueles que torturara, e em cujas aflições extremas encontrara deleite satânico. Sua mãe ali está para testemunhar o resultado de sua própria obra; para ver como os maus traços de caráter transmitidos a seu filho, as paixões incentivadas e desenvolvidas por sua influência e exemplo, produziram frutos nos crimes que fizeram o mundo estremecer. ViC 110 2 Ali estão sacerdotes e prelados católicos, que pretendiam ser embaixadores de Cristo e, no entanto, empregaram a tortura, a masmorra, a fogueira para dominar a consciência de Seu povo. Ali estão os orgulhosos pontífices que se exaltaram acima de Deus e pretenderam mudar a lei do Altíssimo. Aqueles pretensos pais da igreja têm uma conta a prestar a Deus, da qual muito desejariam livrar-se. Demasiado tarde chegam a ver que o Onisciente é zeloso de Sua lei, e que de nenhuma maneira terá por inocente o culpado. Aprendem agora que Cristo identifica Seu interesse com o de Seu povo sofredor; e sentem a força de Suas palavras: "Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40. -- O Grande Conflito, 667, 668. Os ímpios de todas as gerações ViC 111 1 Com assustadora majestade, Ele [Cristo] chama os ímpios mortos. Eles se levantam de seu longo sono. Que terrível despertar! Eles contemplam o Filho de Deus em Sua austera majestade e resplendente glória. Todos, assim que O contemplam, percebem que Ele é o crucificado que morreu para os salvar, Aquele a quem desprezaram e rejeitaram. São tão numerosos quanto a areia do mar. Na primeira ressurreição, todos saíram radiantes de imortalidade, mas na segunda o que se destaca em todos são as visíveis marcas da culpa. Todos saem assim como foram para a sepultura. ViC 111 2 Os antediluvianos saem com sua estatura de gigantes, mais do que o dobro da altura dos homens que agora vivem sobre a Terra, e com um corpo bem proporcional. As gerações que vieram após o dilúvio diminuíram de estatura. Houve um contínuo decréscimo através de sucessivas gerações. O contraste entre os primeiros ímpios e os últimos é enorme. Os primeiros eram imponentes, de porte atlético, elegantes, enquanto que os da geração final são raquíticos, fracos e deformados. -- Spiritual Gifts 3:84. ViC 111 3 Com diabólica exultação [Satanás] aponta para os incontáveis milhões que ressuscitaram dos mortos, e declara que como seu guia é perfeitamente capaz de tomar a cidade, reavendo seu trono e reino. ViC 111 4 Naquela vasta multidão há muitos que pertenceram à raça de grande longevidade que existiu antes do dilúvio; homens de estatura elevada e gigantesco intelecto, os quais, entregando-se ao domínio dos anjos caídos, dedicaram toda a sua habilidade e saber à exaltação própria; homens cujas maravilhosas obras de arte levaram o mundo a lhe idolatrar o gênio, mas cuja crueldade e invenções más, contaminando a Terra e desfigurando a imagem de Deus, fizeram-nO exterminá-los da face de Sua criação. Há reis e generais que venceram nações, homens valentes que nunca perderam batalha, guerreiros orgulhosos, ambiciosos, cuja aproximação fazia tremer os reinos. Na morte não experimentaram mudança alguma. Ao saírem da sepultura, retomam o fio de seus pensamentos exatamente onde ele cessou. São movidos pelo mesmo desejo de vencer, que os governava quando tombaram. -- O Grande Conflito, 663, 664. Vida de egoísmo ViC 112 1 Ninguém suponha que possa viver vida de egoísmo, e então, tendo servido aos próprios interesses, entrar no gozo do Senhor. Não puderam participar da alegria de um amor desinteressado. Não se adaptariam às cortes celestes. Não poderiam apreciar a pura atmosfera de amor que impregna o Céu. As vozes dos anjos e a música de suas harpas não lhes agradariam. Para sua mente a ciência do Céu seria um enigma. -- Parábolas de Jesus, 364, 365. Espiritualmente adormecidos ViC 112 2 Quão pouco sofrem os jovens, ou negam a si mesmos, por sua religião! Sacrificar-se, é coisa de que mal se pensa entre eles. Deixam inteiramente de imitar o Modelo nesse aspecto. Vi que a linguagem de sua vida é: O eu tem de ser satisfeito; é preciso condescender com o orgulho. Desprezam o "Homem de dores, e experimentado nos trabalhos". Isaías 53:3. Os sofrimentos de Jesus no Getsêmani, as grandes gotas de sangue no jardim, a coroa entretecida de espinhos que Lhe feriram a fronte santa, não os comovem. Ficaram entorpecidos. Suas sensibilidades estão embotadas, e perderam todo o senso do grande sacrifício por eles feito. Podem sentar-se e escutar a história da cruz, ouvir como os cravos cruéis foram pregados nas mãos e pés do Filho de Deus, sem que isso lhes mova as profundezas do ser. ViC 113 1 Disse o anjo: "Fossem esses introduzidos na cidade de Deus, e fosse-lhes dito que toda a sua suntuosa beleza e esplendor lhes pertencia para a desfrutarem para sempre, e eles não teriam a menor compreensão do alto preço pelo qual essa herança lhes fora adquirida. Jamais avaliariam as incomparáveis profundezas do amor do Salvador. Não beberam do cálice, nem foram lavados com o batismo. O Céu seria manchado se tais pessoas houvessem de morar ali. Unicamente os que partilharam dos sofrimentos do Filho de Deus, 'vieram de grande tribulação, e lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro' (Apocalipse 7:14), podem desfrutar da indescritível glória e insuperável beleza do Céu." -- Testemunhos para a Igreja 1:155. ViC 113 2 Vi um anjo com balanças na mão, pesando os pensamentos e interesses do povo de Deus, especialmente dos jovens. Num prato estavam os pensamentos e interesses que tendiam para o Céu; no outro achavam-se os que se inclinavam para a Terra. E nessa balança era lançada toda leitura de romances, pensamentos acerca do vestuário e exibição, vaidade, orgulho, etc. Oh! que momento solene! Os anjos de Deus em pé com balanças, pesando os pensamentos de Seus professos filhos -- aqueles que pretendem estar mortos para o mundo e vivos para Deus! O prato cheio dos pensamentos da Terra, vaidade e orgulho, desceu rapidamente, e não obstante peso após peso rolou do prato. O que continha os pensamentos e interesses que se voltavam para o Céu subiu ligeiro enquanto o outro descia e, oh! quão leve estava ele! Posso relatar isso pelo que vi, mas nunca poderei dar a impressão solene e vívida gravada em minha mente, ao ver o anjo com a balança pesando os pensamentos e interesse do povo de Deus. Disse o anjo: "Podem esses entrar no Céu? Não, não, nunca. Diga-lhes que a esperança que agora possuem é vã, e a menos que se arrependam depressa e obtenham a salvação, hão de perecer." -- Testemunhos para a Igreja 1:155. Os que condescendem com o pecado ViC 114 1 Devido ao pecado, Satanás foi expulso do Céu; e ninguém que condescenda com o pecado e o acaricie poderá ir para o Céu, pois nesse caso Satanás outra vez conseguiria firmar-se ali. -- Testemunhos para a Igreja 4:346. O céu seria uma tortura para o rebelde ViC 114 2 Poderiam aqueles cuja vida foi empregada em rebelião contra Deus ser subitamente transportados para o Céu, e testemunhar o estado elevado e santo de perfeição que ali sempre existe, estando toda alma cheia de amor, todo rosto irradiando alegria, ecoando em honra de Deus e do Cordeiro uma arrebatadora música em acordes melodiosos, e fluindo da face dAquele que Se assenta sobre o trono uma incessante torrente de luz sobre os remidos; sim, poderiam aqueles cujo coração está cheio de ódio a Deus, à verdade e santidade, unir-se à multidão celestial e participar de seus cânticos de louvor? Poderiam suportar a glória de Deus e do Cordeiro? Não, absolutamente; anos de graça lhes foram concedidos, a fim de que pudessem formar caráter para o Céu; eles, porém, nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida inteira de rebeldia contra Deus os incapacitou para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor. Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus. -- O Grande Conflito, 542, 543. ------------------------Capítulo 13 -- Mil anos no céu Ímpios percebem que sua vida foi um fracasso ViC 116 1 Quando a voz de Deus põe fim ao cativeiro de Seu povo, há um terrível despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida. Enquanto perdurou o tempo da graça, estiveram cegos pelos enganos de Satanás, e desculpavam sua conduta de pecado. Os ricos se orgulhavam de sua superioridade sobre aqueles que eram menos favorecidos; mas obtiveram suas riquezas violando a lei de Deus. Negligenciaram alimentar o faminto, vestir o nu, tratar com justiça e amar a misericórdia. Procuraram exaltar-se, e obter a homenagem de seus semelhantes. Agora estão despojados de tudo que os fazia grandes, e se encontram desamparados e indefesos. Olham com terror para a destruição dos ídolos que antepuseram ao seu Criador. Venderam a alma em troca das riquezas e gozos terrestres, e não procuraram enriquecer para com Deus. O resultado é que sua vida foi um fracasso; seus prazeres agora se transformaram em amargura, seus tesouros em corrupção. Os ganhos de uma vida inteira foram em um momento varridos. ... Ímpios cheios de pesar ViC 117 1 Os ímpios estão cheios de pesar, não por causa de sua pecaminosa negligência para com Deus e seus semelhantes, mas porque Deus venceu. Lamentam que o resultado seja o que é; mas não se arrependem de sua impiedade. Se pudessem, não deixariam de experimentar todo e qualquer meio para vencer. ... ViC 117 2 Nenhuma linguagem pode exprimir o anelo que o desobediente, o desleal experimenta por aquilo que para sempre perdeu: a vida eterna. Homens que o mundo adorou pelos talentos e eloqüência vêem agora essas coisas sob a sua verdadeira luz. Compenetram-se do que perderam pela transgressão, e caem aos pés daqueles de cuja fidelidade zombaram, com menosprezo, confessando que Deus os amou. -- O Grande Conflito, 654, 655. Ímpios destruídos; terra desolada ViC 117 3 Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores. "Eis que o Senhor esvazia a Terra, e a desola, e transtorna a sua superfície, e dispersa os seus moradores." "De todo se esvaziará a Terra, e de todo será saqueada, porque o Senhor pronunciou esta palavra." "Porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a Terra, e os que habitam nela serão desolados; por isso serão queimados os moradores da Terra." Isaías 24:1, 3, 4, 6. ViC 118 1 A Terra inteira se parece com um deserto assolado. As ruínas das cidades e vilas destruídas pelo terremoto, árvores desarraigadas, pedras escabrosas arrojadas pelo mar ou arrancadas da própria Terra, espalham-se pela sua superfície, enquanto vastas cavernas assinalam o lugar em que as montanhas foram separadas da sua base. ... Aqui deverá ser a morada de Satanás com seus anjos maus durante mil anos. Aqui estará ele circunscrito, para vaguear sem rumo, sobre a revolvida superfície da Terra, e para ver os efeitos de sua rebelião contra a lei de Deus. Durante mil anos, ele poderá consumir o fruto da maldição, que ele determinou. Restrito apenas à Terra, Satanás não terá o privilégio de percorrer outros planetas para tentar e molestar os que não caíram. ViC 118 2 Durante esse tempo, Satanás sofre extremamente. Desde a sua queda, a sua vida de incessante atividade baniu a reflexão; agora, porém, está ele despojado de seu poder e entregue a si mesmo para contemplar a parte que desempenhou desde que a princípio se rebelou contra o governo do Céu, e para aguardar, com temor e tremor, o futuro terrível em que deverá sofrer por todo o mal que praticou, e ser punido pelos pecados que fez com que fossem cometidos. -- O Grande Conflito, 657, 659, 660; Primeiros Escritos, 290. ViC 118 3 Vozes de triunfo ecoam dos anjos e santos redimidos, pois não mais serão perturbados e tentados por Satanás, e também porque os habitantes dos outros mundos ficaram livres da sua presença e tentações. -- The Spirit of Prophecy 4:475. ViC 119 1 Minha atenção foi de novo dirigida à Terra. Os ímpios tinham sido destruídos e seus corpos mortos jaziam em sua superfície. A ira de Deus, nas sete últimas pragas, fora derramada sobre os habitantes da Terra, fazendo-os morder a língua de dor e amaldiçoar a Deus. Os falsos pastores foram objeto especial da ira de Jeová. Os olhos se lhes consumiram nas órbitas, e a língua na sua boca, enquanto estavam em pé. Depois que os santos tiveram livramento pela voz de Deus, a multidão dos ímpios volveu sua ira, de uns contra os outros. A Terra parecia ser inundada com sangue, e havia cadáveres de uma extremidade dela a outra. -- Primeiros Escritos, 289, 290. O julgamento dos ímpios ViC 119 2 Durante os mil anos entre a primeira e a segunda ressurreição, ocorrerá o julgamento dos ímpios. O apóstolo Paulo indica esse juízo como um acontecimento a seguir-se ao segundo advento. "Nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações." 1 Coríntios 4:5. Daniel declara que quando veio o Ancião de Dias, "foi dado o juízo aos santos do Altíssimo". Daniel 7:22. Nessa oportunidade os justos reinarão como reis e sacerdotes diante de Deus. João, em Apocalipse, diz: "Vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar. Serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele mil anos." Apocalipse 20:4, 6. ViC 119 3 É nesse tempo que, conforme foi predito por Paulo, "os santos hão de julgar o mundo". 1 Coríntios 6:2. Em união com Cristo julgam os ímpios, comparando seus atos com o código - a Escritura Sagrada, e decidindo cada caso segundo as ações praticadas no corpo. Então é determinada a parte que os ímpios devem sofrer, segundo suas obras; e registrada em frente ao seu nome, no livro da morte. ViC 120 1 Igualmente Satanás e os anjos maus serão julgados por Cristo e Seu povo. -- O Grande Conflito, 660, 661. O castigo de Satanás e sua culpa ViC 120 2 Satanás também e seus anjos foram julgados por Jesus e os santos. O castigo de Satanás deveria ser muito maior do que o daqueles a quem ele enganara. Seu sofrimento excederia ao deles a ponto de não haver comparação. Depois que todos aqueles a quem ele enganara houverem perecido, Satanás deverá ainda viver e sofrer muito mais. -- Primeiros Escritos, 291. Satanás é banido ViC 120 3 Ocorre agora o acontecimento prefigurado na última e solene cerimônia do dia da expiação. Quando se completava o ministério no lugar santíssimo, e os pecados de Israel eram removidos do santuário em virtude do sangue da oferta pelo pecado, o bode emissário era então apresentado vivo perante o Senhor; e na presença da congregação o sumo sacerdote confessava sobre ele "todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados", pondo-os sobre a cabeça do bode. Levítico 16:21. ViC 120 4 Semelhantemente, ao ser completada a obra de expiação no santuário celestial, na presença de Deus e dos anjos do Céu e da multidão dos remidos, serão então postos sobre Satanás os pecados do povo de Deus; e será ele declarado culpado de todo o mal que os fez cometer. E assim como o bode emissário era enviado para uma terra não habitada, Satanás será banido para a Terra desolada, que se encontrará como um deserto despovoado e horrendo. -- O Grande Conflito, 658. ------------------------Capítulo 14 -- O fim do mal Jesus e a cidade santa descem à terra ViC 122 1 No fim dos mil anos, Jesus, o Rei da glória, desce da cidade santa, vestido de glória como o relâmpago, sobre o Monte das Oliveiras -- o mesmo monte do qual Ele ascendeu, após Sua ressurreição. Quando Seus pés tocam a montanha, ela se reparte e se transforma numa grande planície, preparada para receber a santa cidade, que inclui o paraíso de Deus, o jardim do Éden, o qual foi levado após a transgressão do homem. Agora, ele desce com a cidade, mais bonito e gloriosamente adornado do que quando foi removido da Terra. A cidade de Deus vem e é assentada no enorme plano que foi preparado para ela. -- Spiritual Gifts 3:83, 84. ViC 122 2 Jesus desce sobre o imponente monte, o qual, quando Seus pés nele tocam, se reparte, dando lugar a um enorme plano. Então olhamos e vimos a grande e bela cidade, com seus doze fundamentos, doze portas, três de cada lado, e um anjo diante de cada porta. Então, exclamamos: Eis a cidade! A grande cidade! Ela veio do Céu, da parte de Deus! E veio com todo o seu esplendor e deslumbrante glória, e foi assentada na planície que Jesus preparou para ela. -- Spiritual Gifts 1:213. Marcas do pecado nos ímpios ressuscitados ViC 123 1 Então, Jesus, em terrível e imponente majestade, chama os ímpios mortos, e eles ressuscitam com as mesmas fraquezas e corpos doentios, como morreram. Que espetáculo, que cena impressionante! Na primeira ressurreição, todos saem revestidos de um vigor imortal; mas na segunda as marcas do pecado são visíveis em todos. -- Spiritual Gifts 1:214. A última luta ViC 123 2 Agora Satanás se prepara para a última grande luta pela supremacia. Enquanto despojado de seu poder e separado de sua obra de engano, o príncipe do mal se achava infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decide-se a não se render no grande conflito. Arregimentará sob sua bandeira todos os exércitos dos perdidos, e por meio deles se esforçará por executar seus planos. ViC 123 3 Os ímpios são cativos de Satanás. Rejeitando a Cristo, aceitaram o governo do chefe rebelde. Estão prontos para receber suas sugestões e executar-lhe as ordens. Contudo, fiel à sua astúcia original, ele não se reconhece como Satanás. Pretende ser o príncipe que é o legítimo dono do mundo, e cuja herança foi dele ilicitamente extorquida. Representa-se a si mesmo., ante seus súditos iludidos, como um redentor, assegurando-lhes que seu poder os tirou da sepultura, e que ele está prestes a resgatá-los da mais cruel tirania. ViC 124 1 Havendo sido removida a presença de Cristo, Satanás opera maravilhas para apoiar suas pretensões. Faz do fraco forte, e a todos inspira com seu próprio espírito e energia. Propõe-se guiá-los contra o acampamento dos santos e tomar posse da cidade de Deus. -- O Grande Conflito, 663. Satanás e seu exército contra a cidade santa ViC 124 2 Finalmente é dada a ordem de avançar, e o inumerável exército se põe em movimento -- exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres, tal como jamais poderiam igualar as forças combinadas de todas as eras, desde que a guerra existe sobre a Terra. Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e seus anjos unem as forças para essa luta final. Reis e guerreiros estão em seu séquito, e as multidões seguem em vastas companhias, cada qual sob as ordens de seu designado chefe. Com precisão militar as fileiras cerradas avançam pela superfície da Terra, quebrada e desigual, em direção à cidade de Deus. Por ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto. -- O Grande Conflito, 664. A coroação final do Filho de Deus ViC 124 3 Agora Cristo de novo aparece à vista de Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre esse trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor dEle estão os súditos de Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai eterno envolve Seu Filho. O resplendor de Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com seu brilho. ViC 125 1 Mais próximo do trono estão os que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com devoção profunda, intensa. Em seguida estão os que aperfeiçoaram um caráter cristão em meio de falsidade e incredulidade, os que honraram a lei de Deus quando o mundo cristão a declarava nula, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires pela sua fé. E além está a "multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos". Apocalipse 7:9. Terminou a sua luta, a vitória está ganha. Correram no estádio e alcançaram o prêmio. O ramo de palmas em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, as vestes brancas, um emblema da imaculada justiça de Cristo, a qual agora possuem. ViC 125 2 Os resgatados entoam um cântico de louvor que ecoa repetidas vezes pelas abóbadas do Céu: "Salvação ao nosso Deus que está assentado no trono, e ao Cordeiro." E anjos e serafins unem sua voz em adoração. Tendo os remidos contemplado o poder e malignidade de Satanás, viram, como nunca dantes, que poder algum, a não ser o de Cristo, poderia tê-los feito vencedores. Em toda aquela resplendente multidão ninguém há que atribua a salvação a si mesmo, como se houvesse prevalecido pelo próprio poder e bondade. Nada se diz do que fizeram ou sofreram; antes, o motivo de cada cântico, a nota fundamental de toda antífona, é: Salvação ao nosso Deus, e ao Cordeiro. ViC 126 1 Na presença dos habitantes da Terra e do Céu reunidos, é efetuada a coroação final do Filho de Deus. -- O Grande Conflito, 665, 666. Os ímpios perante o tribunal de Deus ViC 126 2 E agora, investido de majestade e poder supremos, o Rei dos reis pronuncia a sentença sobre os rebeldes contra Seu governo, e executa justiça sobre aqueles que transgrediram Sua lei e oprimiram Seu povo. Diz o profeta de Deus: "Vi um grande trono branco, e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a Terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Apocalipse 20:11, 12. ViC 126 3 Logo que os livros de registro são abertos e o olhar de Jesus incide sobre os ímpios, eles se recordam de todo pecado cometido. Vêem exatamente onde seus pés se desviaram do caminho da pureza e santidade, precisamente até onde o orgulho e a rebelião os levaram na violação da lei de Deus. As sedutoras tentações que incentivaram na condescendência com o pecado, as bênçãos pervertidas, os mensageiros de Deus desprezados, as advertências rejeitadas, as ondas de misericórdia rebatidas pelo coração obstinado, impenitente -- tudo aparece como que escrito com letras de fogo. ... ViC 126 4 Todo o mundo ímpio se acha em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles. ViC 127 1 É agora evidente a todos que o salário do pecado não é nobre independência e vida eterna, mas escravidão, ruína e morte. Os ímpios vêem o que perderam em virtude de sua vida de rebeldia. O peso eterno de glória mui excelente foi desprezado quando lhes foi oferecido; mas quão desejável se mostra agora! "Tudo isso", exclama o perdido, "eu poderia ter ganho; mas preferi conservar essas coisas longe de mim. Oh! estranha presunção! Troquei a paz, a felicidade e a honra pela miséria, infâmia e desespero." Todos vêem que sua exclusão do Céu é justa. Por sua vida declararam: "Não queremos que este Jesus reine sobre nós." -- O Grande Conflito, 665, 666, 668. Satanás percebe que se excluiu do céu ViC 127 2 Satanás vê que sua rebelião voluntária o inabilitou para o Céu. Adestrou suas faculdades para guerrear contra Deus; a pureza, paz e harmonia do Céu lhe seriam uma suprema tortura. Suas acusações contra a misericórdia e justiça de Deus silenciaram agora. A culpa que se esforçou por lançar sobre Jeová repousa inteiramente sobre ele. E agora Satanás se curva e confessa a justiça de sua sentença. -- O Grande Conflito, 670. Ímpios reconhecem a justiça de Deus ViC 127 3 Como que extasiados, os ímpios contemplam a coroação do Filho de Deus. Vêem em Suas mãos as tábuas da lei divina, os estatutos que desprezaram e transgrediram. Testemunham o irromper de admiração, júbilo e adoração por parte dos salvos, e, ao propagar-se a onda de melodia pelas multidões fora da cidade, todos juntos exclamam: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos" (Apocalipse 15:3); e, prostrando-se, adoram o Príncipe da vida. Deus é vindicado perante o universo ViC 128 1 Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram agora esclarecidas. Os resultados da rebelião, os frutos de se porem de parte os estatutos divinos, foram patenteados à vista de todos os seres criados. Os resultados do governo de Satanás em contraste com o de Deus foram apresentados a todo o Universo. As próprias obras de Satanás o condenaram. A sabedoria de Deus, Sua justiça e bondade, acham-se plenamente reivindicadas. Vê-se que toda a Sua ação no grande conflito foi orientada com respeito ao bem eterno de Seu povo, e ao bem de todos os mundos que criou. "Todas as Tuas obras Te louvarão, ó Senhor, e os Teus santos Te bendirão." Salmos 145:10. ViC 128 2 A história do pecado permanecerá por toda a eternidade como testemunha de que à existência da lei de Deus se acha ligada a felicidade de todos os seres por Ele criados. À vista de todos os fatos do grande conflito, o Universo inteiro, tanto os que são fiéis como os rebeldes, de comum acordo declara: "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos." Apocalipse 15:3. -- O Grande Conflito, 668-671. Ímpios se voltam contra Satanás ViC 128 3 Apesar de ter sido Satanás constrangido a reconhecer a justiça de Deus e a curvar-se à supremacia de Cristo, seu caráter permanece sem mudança. O espírito de rebelião, qual poderosa torrente, explode de novo. Cheio de delírio, decide-se a não capitular no grande conflito. É chegado o tempo para a última e desesperada luta contra o Rei do Céu. Arremessa-se para o meio de seus súditos e esforça-se por inspirá-los com sua fúria, incitando-os a uma batalha imediata. Mas dentre todos os incontáveis milhões que seduziu à rebelião, ninguém há agora que lhe reconheça a supremacia. Seu poder chegou ao fim. Os ímpios estão cheios do mesmo ódio a Deus, o qual inspira Satanás; mas vêem que seu caso é sem esperança, que não podem prevalecer contra Jeová. Sua ira se acende contra Satanás e os que foram seus agentes no engano. Com furor de demônios voltam-se contra eles e segue-se aí uma cena de conflito universal. -- História da Redenção, 427, 428. Terminada a obra de Satanás ViC 129 1 Os ímpios recebem sua recompensa na Terra. Provérbios 11:31. "Serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos." Malaquias 4:1. Alguns são destruídos em um momento, enquanto outros sofrem muitos dias. Todos são punidos segundo as suas ações. Tendo sido os pecados dos justos transferidos para Satanás, ele tem de sofrer não somente pela sua própria rebelião, mas por todos os pecados que fez o povo de Deus cometer. Seu castigo deve ser muito maior do que o daqueles a quem enganou. Depois que perecerem os que pelos seus enganos caíram, deve ele ainda viver e sofrer. Nas chamas purificadoras os ímpios são finalmente destruídos, raiz e ramos -- Satanás a raiz, seus seguidores os ramos. A penalidade completa da lei foi aplicada; satisfeitas as exigências da justiça; e o Céu e a Terra, contemplando-o, declaram a justiça de Jeová. ViC 130 1 Está para sempre terminada a obra de ruína de Satanás. Durante seis mil anos efetuou a sua vontade, enchendo a Terra de miséria e causando pesar por todo o Universo. A criação inteira tem igualmente gemido e estado em dores de parto. Agora as criaturas de Deus estão para sempre livres de sua presença e tentações. "Já descansa, já está sossegada toda a Terra! exclamam [os justos] com júbilo." Isaías 14:7. E uma aclamação de louvor e triunfo sobe de todo o Universo fiel. "A voz de uma grande multidão", "como a voz de muitas águas, e a voz de fortes trovões", é ouvida, dizendo: "Aleluia! pois o Senhor Deus onipotente reina." Apocalipse 19:6. -- O Grande Conflito, 673. Por misericórdia ViC 130 2 É em misericórdia para com o Universo que Deus finalmente destruirá os que rejeitam a Sua graça. ViC 130 3 "O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Romanos 6:23. Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: "Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal." Deuteronômio 30:15. A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna. ... ViC 130 4 Assim se porá termo ao pecado, juntamente com toda a desgraça e ruína que dele resultaram. Diz o salmista: "Destruíste os ímpios; apagaste o seu nome para sempre e eternamente. Oh! inimigo! consumaram-se as assolações." Salmos 9:5, 6. João, no Apocalipse, olhando para a futura condição eterna, ouve uma antífona universal de louvor, imperturbada por qualquer nota de discórdia. Toda criatura no Céu e na Terra foi ouvida atribuindo glória a Deus. Apocalipse 5:13. Não haverá então almas perdidas para blasfemarem de Deus, contorcendo-se em tormento interminável; tampouco seres desditosos no inferno unirão seus gritos aos cânticos dos salvos. -- O Grande Conflito, 543-545. A terra purificada por fogo ViC 131 1 Enquanto a Terra está envolta nos fogos da vingança de Deus, os justos habitam em segurança na Santa Cidade. Sobre os que tiveram parte na primeira ressurreição, a segunda morte não tem poder. Apocalipse 20:6. Ao mesmo tempo em que Deus é para os ímpios um fogo consumidor, é para o Seu povo tanto Sol como Escudo. Salmos 84:11. ViC 131 2 "Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram." Apocalipse 21:1. O fogo que consome os ímpios, purifica a Terra. Todo vestígio de maldição é removido. Nenhum inferno a arder eternamente conservará perante os resgatados as terríveis conseqüências do pecado. -- O Grande Conflito, 673, 674. Uma marca do pecado permanece ViC 131 3 Apenas uma lembrança permanece: nosso Redentor sempre levará os sinais de Sua crucifixão. Em Sua fronte ferida, em Seu lado, em Suas mãos e pés, estão os únicos vestígios da obra cruel que o pecado efetuou. Diz o profeta, contemplando Cristo em Sua glória: "Raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força." Habacuque 3:4. Suas mãos, Seu lado ferido donde fluiu a corrente carmesim, que reconciliou o homem com Deus -- ali está a glória do Salvador, ali está "o esconderijo da Sua força". "Poderoso para salvar" mediante o sacrifício da redenção, foi Ele, portanto, forte para executar justiça sobre aqueles que desprezaram a misericórdia de Deus. E os sinais de Sua humilhação são a Sua mais elevada honra; através da eternidade os ferimentos do Calvário Lhe proclamarão o louvor e declararão o Seu poder. -- O Grande Conflito, 674. ------------------------Capítulo 15 -- A terra renovada Mais gloriosa do que podemos imaginar ViC 133 1 O leão, que aqui tanto precisamos respeitar e temer, deitar-se-á, então, com o cordeiro, e tudo na Nova Terra será paz e harmonia. As árvores da Nova Terra serão retas e altaneiras, sem deformidades. ViC 133 2 Os santos terão coroas de glória à cabeça e harpas de ouro nas mãos. Tangerão as harpas de ouro e cantarão do amor redentor, entoando melodias a Deus. Suas antigas provas e sofrimentos neste mundo serão esquecidos e se dissiparão entre as glórias da Nova Terra. ViC 133 3 Deixemos que tudo quanto é belo em nosso lar terrestre nos lembre o rio de cristal e os campos verdejantes, as árvores farfalhantes e as fontes vivas, a cidade resplendente e os cantores vestidos de vestes brancas de nosso lar celestial -- aquele mundo de beleza que nenhum artista pode pintar, nenhuma língua mortal descrever. Cada um de nós tem uma imaginação a respeito do lar dos remidos, é preciso lembrar, entretanto, de que ele será mais glorioso do que o pode pintar a mais brilhante imaginação. ViC 134 1 A linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplarem. -- Maranata, o Senhor Vem, 353 (Meditações Matinais, 1977). ViC 134 2 Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiado material tem levado muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo afirmou a Seus discípulos haver ido preparar moradas para eles na casa de Seu Pai. Os que aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão totalmente ignorantes com respeito à morada celestial. E, contudo, "as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam". 1 Coríntios 2:9. A linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Será conhecida apenas dos que a contemplarem. Nenhum espírito finito pode compreender a glória do Paraíso de Deus. -- O Grande Conflito, 674, 675. O jardim do Éden restaurado ViC 134 3 O jardim do Éden permaneceu sobre a Terra muito tempo depois que o homem fora expulso de suas deleitáveis veredas. Gênesis 4:16. Foi permitido à raça decaída por muito tempo contemplar o lar da inocência, estando a sua entrada vedada apenas pelos anjos vigilantes. À porta do Paraíso, guardada pelos querubins, revelava-se a glória divina. Para ali iam Adão e seus filhos a fim de adorarem a Deus. Ali renovaram seus votos de obediência àquela lei cuja transgressão os havia banido do Éden. Quando a onda de iniqüidade se propagou pelo mundo, e a impiedade dos homens determinou sua destruição por meio de um dilúvio de água, a mão que plantara o Éden o retirou da Terra. Mas, na restauração final de todas as coisas, quando houver "um novo céu e uma nova Terra" (Apocalipse 21:1), será restabelecido, mais gloriosamente adornado do que no princípio. ViC 135 1 Então os que guardaram os mandamentos de Deus respirarão um vigor imortal, por sob a árvore da vida (Apocalipse 2:7; Apocalipse 22:14); e, através de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que não pecaram contemplarão no jardim de delícias um modelo da obra perfeita da criação de Deus, sem qualquer sinal da maldição do pecado -- modelo do que teria sido a Terra inteira se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso do Criador. -- Patriarcas e Profetas, 62. Os remidos crescerão fisicamente ViC 135 2 Todos os defeitos e deformidades são deixados no túmulo. Restabelecidos à árvore da vida, no Éden há tanto tempo perdido, os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva. Os últimos traços da maldição do pecado serão removidos, e os fiéis de Cristo aparecerão "na beleza do Senhor nosso Deus", refletindo no espírito, alma e corpo, a imagem perfeita de seu Senhor. Oh! maravilhosa redenção! Há tanto tempo objeto das cogitações, há tanto tempo esperada, contemplada com ávida expectativa, mas nunca entendida completamente! -- O Grande Conflito, 645. Visão da nova terra ViC 135 3 Com Jesus à nossa frente, descemos todos da cidade para a Terra, sobre uma grande e íngreme montanha que, incapaz de suportar a Jesus sobre si, partiu-se em duas, formando uma grande planície. Olhamos então para cima e vimos a grande cidade, com doze fundamentos, e doze portas, três de cada lado, e um anjo em cada porta. Todos exclamamos: "A cidade, a grande cidade, vem, vem de Deus descendo do Céu"; e ela veio e se pôs no lugar em que nos achávamos. ViC 136 1 Pusemos então a observar as coisas gloriosas fora da cidade. Vi ali casas belíssimas, que tinham a aparência de prata, apoiadas por quatro colunas marchetadas de pérolas preciosas, muito agradáveis à vista. Destinavam-se à habitação dos santos. Em cada uma havia uma prateleira de ouro. Vi muitos dos santos entrarem nas casas, tirarem sua coroa resplandecente, e pô-la na prateleira, saindo então para o campo ao lado das casas, para lidar com a terra; não como temos de fazer com a terra aqui, não, absolutamente. Uma gloriosa luz lhes resplandecia em redor da cabeça, e estavam continuamente louvando a Deus. ViC 136 2 Vi outro campo repleto de todas as espécies de flores; e quando as apanhei, exclamei: "Elas nunca murcharão." Em seguida vi um campo de relva alta, cujo belíssimo aspecto causava admiração; era uma vegetação viva, e tinha reflexos de prata e ouro quando magnificamente se agitava para glória do Rei Jesus. Entramos, então, num campo cheio de todas as espécies de animais: o leão, o cordeiro, o leopardo, o lobo, todos juntos em perfeita união. Passamos pelo meio deles, e pacificamente nos acompanharam. Dali entramos num bosque, não como os escuros bosques que aqui temos, não, absolutamente, mas claro e por toda parte glorioso; os ramos das árvores agitavam-se de um para outro lado, e todos exclamamos: "Moraremos com segurança na solidão, e dormiremos nos bosques." ViC 136 3 Atravessamos os bosques, pois estávamos a caminho do Monte Sião. No trajeto encontramos uma multidão que também contemplava as belezas do lugar. Notei a cor vermelha na borda de suas vestes, o brilho das coroas e a alvura puríssima dos vestidos. Quando os saudamos, perguntei a Jesus quem eram eles. Disse que eram mártires que por Ele haviam sido mortos. Com eles estava uma inumerável multidão de crianças que tinham também uma orla vermelha em suas vestes. ViC 137 1 O Monte Sião estava exatamente diante de nós, e sobre o monte um belo templo, em cujo redor havia sete outras montanhas, sobre as quais cresciam rosas e lírios. E vi as crianças subirem, ou, se o preferiam, fazer uso de suas pequenas asas e voar ao cimo das montanhas e apanhar flores que nunca murcharão. Para embelezar o lugar, havia em redor do templo todas as espécies de árvores; o buxo, o pinheiro, o cipreste, a oliveira, a murta, a romãzeira e a figueira, curvada ao peso de seus figos maduros, embelezavam aquele local. E quando estávamos para entrar no santo templo, Jesus levantou Sua bela voz e disse: "Somente os cento e quarenta e quatro mil entram neste lugar", e nós exclamamos: "Aleluia"! ViC 137 2 Esse templo era apoiado por sete colunas, todas de ouro transparente, engastadas de pérolas belíssimas. As maravilhosas coisas que ali vi, não as posso descrever. Oh! se me fosse dado falar a língua de Canaã, poderia então contar um pouco das glórias do mundo melhor. Vi lá mesas de pedra, em que estavam gravados com letras de ouro os nomes dos cento e quarenta e quatro mil. Depois de contemplar a beleza do templo, saímos, e Jesus nos deixou e foi à cidade. Logo Lhe ouvimos de novo a delicada voz, dizendo: "Vinde, povo Meu; viestes da grande tribulação, e fizestes Minha vontade; sofrestes por Mim; vinde à ceia, pois Eu Me cingirei e vos servirei." Nós exclamamos: "Aleluia! Glória"! e entramos na cidade. ViC 138 1 E vi uma mesa de pura prata; tinha muitos quilômetros de comprimento, contudo nossos olhares podiam alcançá-la toda. Vi o fruto da árvore da vida, o maná, amêndoas, figos, romãs, uvas e muitas outras espécies de frutas. Pedi a Jesus que me deixasse comer do fruto. Disse Ele: "Agora não. Os que comem do fruto deste lugar não mais voltam à Terra. Mas, dentro em pouco, se fores fiel, não somente comerás do fruto da árvore da vida mas beberás também da água da fonte." E disse: "Deves novamente voltar à Terra, e relatar a outros o que te revelei." Então um anjo me trouxe mansamente a este mundo escuro. -- Primeiros Escritos, 17-20. Tudo é pureza e paz ViC 138 2 Tão-somente por intermédio de Cristo pode você assegurar-se do Céu, onde tudo é pureza, santidade, paz e bênçãos, onde se encontram as glórias que nenhum lábio humano é capaz de descrever. O ponto mais avançado ao qual podemos chegar, quando se trata de descrever a recompensa que aguarda o vencedor, é dizer que ela constitui um muito mais excelente e eterno peso de glória. Será uma eternidade de felicidade, uma bendita eternidade, que desdobrará novas glórias ao longo de eras sem fim. -- Testemunhos para a Igreja 8:131. Nenhuma árvore da ciência na nova terra ViC 138 3 Nem todas as condições daquela primeira escola edênica se encontrarão na escola da vida futura. Nenhuma árvore da ciência do bem e do mal oferecerá oportunidade para a tentação. Não haverá ali tentador, nem possibilidade para o mal. Todos os caracteres resistiram à prova do mal, e nenhum será jamais susceptível ao seu poder. -- Educação, 302. Não existirá mar ViC 139 1 O mar separa amigos. É uma barreira entre nós e aqueles a quem amamos. Nossas associações são interrompidas pelo vasto e insondável oceano. Na Nova Terra já não existirá mar, e ali não passará "galé com remos". No passado, muitos que amavam e serviam a Deus foram presos com grilhões a seus assentos nas galés, compelidos a satisfazer a vontade de homens cruéis e desapiedados. O Senhor contemplou o seu sofrimento com simpatia e compaixão. Graças a Deus, na Terra renovada não haverá torrentes impetuosas, nem oceano consumidor, nem ondas agitadas e rumorejantes. ... Sem lágrimas nem funerais ViC 139 2 No lar dos remidos, não haverá lágrimas, nenhum cortejo fúnebre, nenhuma exteriorização de luto. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade." Isaías 33:24. Uma rica maré de felicidade fluirá e aprofundar-se-á ao avançar a eternidade. ... ViC 139 3 Consideremos com todo o empenho o bendito porvir. Atravesse a nossa fé toda nuvem de escuridão, e contemplemos Aquele que morreu pelos pecados do mundo. Ele abriu os portais do Paraíso para todos quantos O recebem e nEle crêem. A esses dá Ele o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus. Que as aflições que nos angustiam de maneira tão cruel, se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos animados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Alegre-nos o coração essa esperança. ... ViC 139 4 Estamos a caminho de casa. Aquele que nos amou de tal maneira que morreu por nós, construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Nenhum véu de infortúnio, nenhuma lamentação de esperanças frustradas e afeições sepultadas serão jamais ouvidas. Logo as vestes de opressão serão trocadas pela veste nupcial. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus. ... Sem casamentos nem nascimentos ViC 140 1 Homens há hoje que expressam a crença de que haverá casamentos e nascimentos na Nova Terra; os que crêem nas Escrituras, porém, não podem admitir tais doutrinas. A doutrina de que nascerão filhos na Nova Terra não constitui parte da "firme palavra da profecia". 2 Pedro 1:19. As palavras de Cristo são demasiado claras para serem mal compreendidas. Elas esclarecem de uma vez por todas a questão dos casamentos e nascimentos na Nova Terra. Nenhum dos que forem despertados da morte, nem dos que forem trasladados sem ver a morte, casará ou será dado em casamento. Eles serão como os anjos de Deus, membros da família real. -- Maranata, o Senhor Vem, 349, 350, 367 (Meditações Matinais, 1977). Não haverá noite ou necessidade de repouso ViC 140 2 Na cidade de Deus "não haverá noite". Ninguém necessitará ou desejará repouso. Não haverá cansaço em fazer a vontade de Deus e oferecer louvor a Seu nome. Sempre sentiremos a frescura da manhã, e sempre estaremos longe de seu termo. "Não necessitarão de lâmpada nem de luz do Sol, porque o Senhor Deus os alumia." Apocalipse 22:5. A luz do Sol será sobrepujada por um brilho que não é ofuscante e, contudo, suplanta incomensuravelmente o fulgor de nosso Sol ao meio-dia. A glória de Deus e do Cordeiro inunda a santa cidade, com luz imperecível. Os remidos andam na glória de um dia perpétuo, independentemente do Sol. Comunhão face a face ViC 141 1 "Nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus todo-poderoso, e o Cordeiro." Apocalipse 21:22. O povo de Deus tem o privilégio de entreter franca comunhão com o Pai e o Filho. "Agora vemos por espelho em enigma." 1 Coríntios 13:12. Contemplamos a imagem de Deus refletida como que em espelho, nas obras da natureza e em Seu trato com os homens; mas então O conheceremos face a face, sem um véu protetor de separação. Estaremos em Sua presença, e contemplaremos a glória de Seu rosto. -- O Grande Conflito, 676, 677. Não haverá dor, doenças ou morte ViC 141 2 Oh, como anseio pela vinda de Jesus. Anseio aquele lar no reino da glória, onde não haverá doença, dor, sofrimento, nem morte. -- Manuscript Releases 10:383. Sem discórdia ou contenda ViC 141 3 Vozes contenciosas não perturbam a suave e perfeita paz do Céu. Seus habitantes não conhecem tristezas, desgostos e lágrimas. Tudo está em perfeita harmonia, em perfeita ordem e perfeita felicidade. ViC 141 4 O Céu é um lar em que a simpatia está viva em todo coração, e é expressa em cada olhar. Ali reina o amor. Não há elementos dissonantes, nenhuma discórdia, contenda ou guerra de palavras. -- Eventos Finais, 296. O Sábado será observado na nova terra ViC 142 1 Foi me mostrado que a lei de Deus permaneceria firme para sempre, e existiria na nova Terra por toda a eternidade. Na criação, quando foram firmados os fundamentos da Terra, os filhos de Deus olhavam com admiração para a obra do Criador, e toda a multidão celestial aclamava de alegria. Então foi que se lançara o fundamento do sábado. No fim dos seis dias da criação, Deus repousou no sétimo dia de toda a obra que fizera; e abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nele repousara de toda a Sua obra. ViC 142 2 O sábado foi instituído no Éden, antes da queda, e foi observado por Adão e Eva e toda a multidão celestial. Deus repousou no sétimo dia, e o abençoou e santificou. Eu vi que o sábado nunca será anulado; antes, por toda a eternidade, os santos remidos e toda a multidão celestial o observarão em honra ao grande Criador. -- Primeiros Escritos, 217. ViC 142 3 O sábado não se destinava meramente a Israel, mas ao mundo. Fora tornado conhecido ao homem no Éden, e, como os demais preceitos do decálogo, é de imutável obrigatoriedade. Dessa lei de que o quarto mandamento é uma parte, declara Cristo: "Até que o céu e a Terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido." Mateus 5:18. Enquanto céus e Terra durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de repouso será honrado por todos debaixo do Sol. "Desde um sábado até ao outro", os habitantes da glorificada nova Terra irão "adorar perante Mim, diz o Senhor". Isaías 66:23. -- O Desejado de Todas as Nações, 283. Com os fiéis de todos os tempos ViC 143 1 Ali os remidos conhecerão como são conhecidos. O amor e simpatias que o próprio Deus plantou em cada um, encontrarão ali o mais verdadeiro e suave exercício. A comunhão pura com os seres santos, a vida social harmoniosa com os bem-aventurados anjos e com os fiéis de todos os tempos, que lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro, os sagrados laços que reúnem "toda a família nos Céus e na Terra" (Efésios 3:15) -- tudo isso concorre para constituir a felicidade dos remidos. A alegria dos redimidos ViC 143 2 Tudo no Céu é nobre e elevado. Todos procuram o interesse e a felicidade dos outros. Ninguém se dedica ao cuidado de si mesmo. O prazer principal de todos os seres santos é presenciar a alegria e felicidade dos que lhes estão ao redor. -- Minha Consagração Hoje, 359 (Meditações Matinais, 1953). O povo de Deus se sentirá em casa ViC 143 3 Na Bíblia a herança dos salvos é chamada um país. Hebreus 11:14-16. Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho às fontes de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações. Existem torrentes sempre a fluir, claras como cristal, e ao lado delas, árvores ondeantes projetam sua sombra sobre as veredas preparadas para os resgatados do Senhor. Ali as extensas planícies avultam em colinas de beleza, e as montanhas de Deus erguem seus altivos píncaros. Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar. ViC 144 1 "O Meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso." Isaías 32:18. "Nunca mais se ouvirá de violência na tua Terra, de desolação ou destruição nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas louvor." Isaías 60:18. "Edificarão casas, e as habitarão; e plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; ... os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos." Isaías 65:21, 22. ViC 144 2 Ali, "o deserto e os lugares secos se alegrarão disto; e o ermo exultará e florescerá como a rosa". Isaías 35:1. "Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em lugar da sarça crescerá a murta." Isaías 55:13. "E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, ... e um menino pequeno os guiará." Isaías 11:6. "Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da Minha santidade", diz o Senhor. Isaías 11:9. -- O Grande Conflito, 675, 676. Vida ativa e objetiva ViC 144 3 Na Terra renovada, os redimidos empenhar-se-ão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edênica, a vida no jardim e no campo. "E edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice." Isaías 65:21, 22. ViC 145 1 Cada faculdade será desenvolvida, toda habilidade aumentada. Os maiores empreendimentos serão levados a êxito, as mais elevadas aspirações alcançadas, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a serem alcançadas, novas maravilhas para serem admiradas, novas verdades a serem compreendidas, novos objetos de estudo a desafiarem as faculdades do corpo, da mente e da alma. -- Profetas e Reis, 730, 731. ------------------------Capítulo 16 -- O céu é uma escola Aprendizado e crescimento ViC 146 1 O Céu é uma escola; o campo de seus estudos, o Universo; seu professor, o Ser infinito. Uma ramificação dessa escola foi estabelecida no Éden; e, cumprindo o plano da redenção, será reassumida a educação na escola edênica. ViC 146 2 "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que O amam." 1 Coríntios 2:9. Unicamente pela Sua Palavra se pode obter conhecimento dessas coisas; e mesmo ela oferece apenas uma revelação parcial. ViC 146 3 O profeta de Patmos assim descreve a localização da escola do futuro: ViC 146 4 "Vi um novo céu, e uma nova Terra. Porque já o primeiro céu e a primeira Terra passaram. ... E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do Céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido." Apocalipse 21:1, 2. ViC 147 1 "A cidade não precisa nem do Sol, nem da Lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada." Apocalipse 21:23. ViC 147 2 Entre a escola estabelecida no Éden, no princípio, e aquela do futuro, situa-se todo o lapso da história deste mundo -- a história da transgressão e sofrimento humanos, do sacrifício divino e da vitória sobre a morte e o pecado. Nem todas as condições daquela primeira escola edênica se encontrarão na escola da vida futura. Nenhuma árvore da ciência do bem e do mal oferecerá oportunidade para a tentação. Não haverá ali tentador, nem possibilidade para o mal. Todos os caracteres resistiram à prova do mal, e nenhum será jamais susceptível ao seu poder. ViC 147 3 "Ao que vencer", diz Cristo, "dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus." Apocalipse 2:7. A concessão da árvore da vida, no Éden, era condicional, e finalmente foi retirada. Mas os dons da vida futura serão absolutos e eternos. ViC 147 4 O profeta contempla "o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. ... De uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida". Apocalipse 22:1, 2. "E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas." Apocalipse 21:4. ViC 147 5 "Todos os do Teu povo serão justos, Para sempre herdarão a Terra; Serão renovos por Mim plantados, Obra das Minhas mãos, Para que Eu seja glorificado." Isaías 60:21. ViC 148 1 Restabelecidos à Sua presença, de novo os homens serão, como no princípio, ensinados por Deus: "O Meu povo saberá o Meu nome, ... naquele dia, porque Eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui." Isaías 52:6. ViC 148 2 "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o Seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus." Apocalipse 21:3. ViC 148 3 "Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo. ... Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida." Apocalipse 7:14-17. ViC 148 4 "Agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido." 1 Coríntios 13:12. ViC 148 5 "Verão o Seu rosto, e na sua testa estará o Seu nome." Apocalipse 22:4. ViC 148 6 Ali, quando for removido o véu que obscurece a nossa visão, e nossos olhos contemplarem aquele mundo de beleza de que ora apanhamos lampejos pelo microscópio; quando olharmos às glórias dos céus hoje esquadrinhadas de longe pelo telescópio; quando, removida a mácula do pecado, a Terra toda aparecer "na beleza do Senhor nosso Deus" -- que campo se abrirá ao nosso estudo! Ali o estudante da ciência poderá ler os relatórios da criação, sem divisar coisa alguma que recorde a lei do mal. Poderá escutar a melodia das vozes da natureza, e não perceberá nenhuma nota de lamento ou tristezas. Poderá enxergar em todas as coisas criadas uma escrita; contemplará no vasto Universo, escrito em grandes letras, o nome de Deus; e nem na Terra, nem no mar ou no céu permanecerá um indício que seja do mal. ViC 149 1 Ali se viverá a vida edênica -- entre o jardim e o campo. "Edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos." Isaías 65:21, 22. ViC 149 2 Não haverá coisas que "farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor". Isaías 65:25. Ali o homem será restaurado à sua perdida realeza, e a ordem inferior de seres de novo reconhecerá o seu domínio; os animais ferozes tornar-se-ão mansos e os ariscos, confiantes. ViC 149 3 Ali se revelará ao estudante uma história de infinita amplitude e riqueza inexprimível. Tomando por base a Palavra de Deus, o estudante obterá uma visão do vasto campo da História, e poderá alcançar algum conhecimento dos princípios que influem na marcha dos acontecimentos humanos. Mas a sua visão ainda estará nublada, e incompletos os seus conhecimentos. Não verá todas as coisas de uma maneira clara antes que chegue à luz da eternidade. ViC 149 4 Então se revelará diante dele o decurso do grande conflito que teve sua origem antes que começasse o tempo e terminará apenas quando este cessar. A história do início do pecado; da fatal falsidade em sua ação sinuosa; da verdade que, não se desviando das suas próprias linhas retas, se defrontou com o erro e o venceu; sim, tudo isso será manifesto. O véu que se interpõe entre o mundo visível e o invisível será removido e reveladas coisas maravilhosas. ViC 150 1 Não compreenderemos o que devemos aos cuidados e interposição dos anjos antes que se vejam as providências de Deus à luz da eternidade. Seres celestiais têm tomado parte ativa nos negócios dos homens. Eles têm aparecido em vestes que resplandeciam como o relâmpago; têm vindo como homens, no aspecto de viajantes. Têm aceitado hospitalidade nos lares humanos, agido como guias de viajantes nas trevas da noite. Têm impedido aos intentos do espoliador e desviado os golpes do destruidor. ViC 150 2 Embora os governadores deste mundo não o saibam, em seus conselhos têm os anjos muitas vezes sido oradores. Olhos humanos os têm visto. Ouvidos humanos têm ouvido seus apelos. Nos conselhos e cortes de justiça, mensageiros celestiais têm pleiteado a causa dos perseguidos e oprimidos. Têm eles combatido propósitos e detido males que teriam acarretado ruína e sofrimento aos filhos de Deus. Tudo isso se desdobrará ao estudante na escola celestial. ViC 150 3 Todo remido compreenderá a atuação dos anjos em sua própria vida. Que maravilha será entreter conversa com o anjo que foi o seu guardador desde os seus primeiros momentos, que lhe vigiou os passos e cobriu a cabeça no dia de perigo, que o protegeu no vale da sombra da morte, que assinalou o seu lugar de repouso, que foi o primeiro a saudá-lo na manhã da ressurreição, e dele aprender a história da interposição divina na vida individual, e da cooperação celestial em toda a obra em favor da humanidade. ViC 150 4 Todas as perplexidades da vida serão então explicadas. Onde para nós apareciam apenas confusão e decepção, propósitos frustrados e planos subvertidos, ver-se-á um propósito grandioso, predominante, vitorioso, uma harmonia divina. ViC 151 1 Ali, todos os que trabalharam com um espírito desinteressado contemplarão os frutos de seus esforços. Ver-se-á o resultado de todo princípio correto e nobre ação. Alguma coisa disso aqui vemos. Mas quão pouco dos resultados dos mais nobres trabalhos deste mundo é o que se manifesta nesta vida aos que os fazem! ViC 151 2 Quantos labutam abnegadamente, incansavelmente por aqueles que ficam além de seu alcance e conhecimento! Pais e professores tombam em seu último sono, parecendo o trabalho de sua vida ter sido feito em vão; não sabem que sua fidelidade descerrou fontes de bênçãos que jamais poderão deixar de fluir; apenas pela fé vêem as crianças que educaram tornarem-se uma bênção e inspiração a seus semelhantes, e essa influência repetir-se mil vezes mais. Muito obreiro há que envia para o mundo mensagens de alento, esperança e ânimo, palavras que levam bênçãos aos corações em todos os países; mas, quanto aos resultados, nada sabe, afadigando-se ele em solidão e obscuridade. Assim se concedem dons, aliviam-se cargas, faz-se trabalho. Os homens lançam a semente, da qual, sobre as suas sepulturas, outros recolhem a abençoada colheita. Plantam árvores para que outros comam o fruto. Aqui estão contentes por saberem que puseram em atividade forças para promover o bem. No futuro serão vistas a ação e reação de todas estas forças. ViC 151 3 De todo dom que Deus outorgou, encaminhando o homem para o esforço abnegado, conserva-se no Céu um relatório. Examinar esses dons em suas extensas linhas, olhar para aqueles que mediante nossos esforços se reergueram e enobreceram, contemplar em sua história o efeito dos verdadeiros princípios -- eis um dos estudos e recompensas da escola celestial. ViC 152 1 Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na pessoa encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício. A pura comunhão com seres santos, a vida social harmoniosa com os santos anjos e com os fiéis de todos os tempos, a santa associação que reúne "toda a família nos Céus e na Terra" (Efésios 3:15), tudo fará parte da experiência futura. ViC 152 2 Haverá ali música e cânticos; música e cânticos que ouvidos mortais jamais ouviram nem o espírito humano concebeu, com exceção do que em visões de Deus se tem revelado. ViC 152 3 "Os cantores e tocadores de instrumentos entoarão." Salmos 87:7. "Alçarão a sua voz e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor." Isaías 24:14. ViC 152 4 "Porque o Senhor consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden e a sua solidão, como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ações de graças e voz de melodia." Isaías 51:3. ViC 152 5 Ali toda faculdade se desenvolverá, e toda capacidade aumentará. Os maiores empreendimentos serão levados avante, as mais altas aspirações realizadas, as maiores ambições satisfeitas. E, todavia, surgirão novas elevações a galgar, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos assuntos a apelarem para as forças do corpo, mente e espírito. ViC 152 6 Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. ... Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participam dos tesouros do saber e entendimento adquiridos durante séculos e séculos, na contemplação da obra de Deus. ... E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. "Muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos" (Efésios 3:20) será, para todo o sempre, a concessão dos dons de Deus. ViC 153 1 "Os Seus servos O servirão." Apocalipse 22:3. A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. ViC 153 2 "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir." Mateus 20:28. A obra de Cristo neste mundo é Sua obra nos Céus, e a nossa recompensa por trabalhar com Ele neste mundo será o maior poder e mais amplo privilégio de com Ele trabalhar no mundo vindouro. ViC 153 3 "Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor; Eu sou Deus." Isaías 43:12. Isso também seremos na eternidade. ViC 153 4 Para que foi permitido continuar o grande conflito através dos séculos? Por que foi que se não eliminou a existência de Satanás no início de sua rebelião? -- Foi para que o Universo se pudesse convencer da justiça de Deus ao tratar com o mal, e para que o pecado pudesse receber condenação eterna. No plano da salvação há detalhes e profundezas, que a própria eternidade jamais poderá compreender completamente, maravilhas para as quais os anjos desejam atentar. Apenas os remidos, dentre todos os seres criados, conheceram em sua própria experiência o conflito com o pecado; trabalharam com Cristo e, conforme os mesmos anjos não o poderiam fazer, associaram-se em Seus sofrimentos; não terão eles qualquer testemunho quanto à ciência da redenção, algo que seja de valor para seres não caídos? ViC 154 1 Mesmo agora, aos "principados e potestades nos Céus", "a multiforme sabedoria de Deus" se faz conhecida "pela igreja". Efésios 3:10. "E nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais; ... para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em Cristo Jesus." Efésios 2:6, 7. ViC 154 2 "No Seu templo cada um diz: Glória!" (Salmos 29:9) e o cântico que os resgatados entoarão, cântico este de sua experiência, declarará a glória de Deus: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos! Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo." Apocalipse 15:3, 4. ViC 154 3 Em nossa vida aqui, posto que terrestre e restrita pelo pecado, a maior alegria e mais elevada educação se encontram no serviço em favor de outrem. E no futuro estado, livres das limitações próprias da humanidade pecaminosa, será no serviço que se encontrará a nossa máxima alegria e mais elevada educação -- testemunhando (e aprendendo, novamente, sempre que assim o fizermos) "as riquezas da glória deste mistério, ... que é Cristo em vós, esperança da glória". Colossences 1:27. ViC 154 4 "Ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos." 1 João 3:2. ViC 154 5 Então, nos resultados de Sua obra, Cristo contemplará Sua recompensa. Naquela grande multidão que ninguém pode contar, apresentada como "irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória" (Judas 24), Aquele cujo sangue nos redimiu e cuja vida nos ensinou, verá o "trabalho da Sua alma... e ficará satisfeito". Isaías 53:11. -- Educação, 301-309. Cristo será nosso professor ViC 155 1 Acha você que não aprenderemos coisa nova ali? Não temos a menor idéia do que então nos será revelado. Com Cristo andaremos ao lado das águas vivas. Ele nos patenteará a beleza e glória da natureza. Revelará o que Ele é para nós, e o que nós somos para Ele. Verdades que hoje não podemos conhecer, em virtude de nossas limitações finitas, ali conheceremos. -- Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 162. Conhecimento progressivo ViC 155 2 Todos os tesouros do Universo estarão abertos ao estudo dos remidos de Deus. Livres da mortalidade, alçarão vôo incansável para os mundos distantes -- mundos que fremiram de tristeza ante o espetáculo da desgraça humana, e ressoaram com cânticos de alegria ao ouvir as novas de uma alma resgatada. Com indizível deleite os filhos da Terra entram de posse da alegria e sabedoria dos seres não caídos. Participam dos tesouros do saber e entendimento adquiridos durante séculos e séculos, na contemplação da obra de Deus. Com visão desanuviada olham para a glória da criação, achando-se sóis, estrelas e sistemas planetários, todos na sua indicada ordem, a circular em redor do trono da Divindade. Em todas as coisas, desde a mínima até à maior, está escrito o nome do Criador, e em todas se manifestam as riquezas de Seu poder. ViC 155 3 E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. -- O Grande Conflito, 677, 678. A mais alta educação ViC 156 1 Cristo, o Mestre celestial, guiará Seu povo até a árvore da vida, que cresce de cada lado do rio da vida, e Ele mesmo lhes explicará as verdades que nesta vida não puderam compreender. Naquela vida futura, Seu povo alcançará a educação superior, em sua plenitude. Os que entrarem na cidade de Deus receberão na fronte a coroa de ouro. Será essa uma cena jubilosa, a qual nenhum de nós pode correr o risco de perder. Lançaremos nossas coroas aos pés de Jesus, e muito repetidamente Lhe daremos glória, louvando Seu santo nome. Anjos se nos unirão nos cânticos de triunfo. Dedilhando suas harpas de ouro, encherão todo o Céu de rica música e hinos ao Cordeiro. -- Nos Lugares Celestiais, 216 (Meditações Matinais, 1968). O plano da redenção desdobrado ViC 156 2 Nesta vida podemos apenas começar a compreender o maravilhoso tema da redenção. Com nossa compreensão finita podemos considerar muito superficialmente a ignomínia e a glória, a vida e a morte, a justiça e a misericórdia, que se encontraram na cruz; todavia, com o máximo esforço de nossa faculdade mental, deixamos de apreender seu completo significado. O comprimento e a largura, a profundidade e a altura do amor que redime não são senão palidamente compreendidos. O plano da redenção não será amplamente penetrado, mesmo quando os resgatados virem assim como eles são vistos, e conhecerem como são conhecidos; antes, através das eras eternas, novas verdades serão desdobradas de contínuo à mente cheia de admiração e deleite. Posto que os pesares, dores e tentações da Terra estejam terminados, e removidas suas causas, sempre terá o povo de Deus um conhecimento distinto, inteligente, do que custou a sua salvação. ViC 157 1 A cruz de Cristo será a ciência e cântico dos remidos por toda a eternidade. No Cristo glorificado eles contemplarão o Cristo crucificado. Jamais se olvidará que Aquele cujo poder criou e manteve os inumeráveis mundos através dos vastos domínios do espaço, o Amado de Deus, a Majestade do Céu, Aquele a quem querubins e resplendentes serafins se deleitavam em adorar -- humilhou-Se para levantar o homem decaído; que Ele suportou a culpa e a ignomínia do pecado e a ocultação da face de Seu Pai, até que as misérias de um mundo perdido Lhe quebrantaram o coração e aniquilaram a vida na cruz do Calvário. ViC 157 2 O fato de o Criador de todos os mundos, o Árbitro de todos os destinos, deixar Sua glória e humilhar-Se por amor do homem, despertará eternamente a admiração e a adoração do Universo. Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue!" -- O Grande Conflito, 651. A eternidade não é suficiente ViC 157 3 Todo o amor paternal que veio de geração em geração através do coração humano, toda fonte de ternura que se abriu na alma do homem, não passam de tênue riacho em comparação com o ilimitado oceano, quando postos ao lado do infinito, inexaurível amor de Deus. A língua não o pode exprimir, nem a pena é capaz de o descrever. Pode-se meditar nele todos os dias de sua vida; pode-se esquadrinhar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode-se reunir toda faculdade e poder a nós concedidos por Deus, no esforço de compreender o amor e a compaixão do Pai celestial; e todavia existe ainda um infinito para além. ViC 158 1 Pode-se estudar por séculos esse amor; não obstante jamais poderemos compreender plenamente a extensão e a largura, a profundidade e a altura do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade nunca o poderá bem revelar. No entanto, ao estudarmos a Bíblia e meditarmos sobre a vida de Cristo e o plano da redenção, esses grandes temas se desdobrarão mais e mais ao nosso entendimento. E a nós pertencerá a bênção que Paulo desejava à igreja de Éfeso ao orar "que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em Seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação, tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da Sua vocação e quais as riquezas da glória da Sua herança nos santos e qual a sobreexcelente grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos". Efésios 1:17-19. -- Exaltai-O, 228 (Meditações Matinais, 1992). ------------------------Capítulo 17 -- Não tardará Estamos a caminho de casa ViC 159 1 A ressurreição e ascensão de nosso Senhor é uma prova segura do triunfo final dos santos de Deus sobre a morte e a sepultura, e um penhor de que o Céu está aberto para os que lavaram as vestes do caráter e as branquearam no sangue do Cordeiro. Jesus subiu para o Pai como representante da humanidade, e Deus levará os que refletem a Sua imagem a contemplar a Sua glória e dela participar. ViC 159 2 Há ali casas para os peregrinos da Terra. Há vestes para os justos, com coroas de glória e palmas de vitória. Tudo quanto nos tem confundido acerca das providências de Deus será esclarecido no mundo vindouro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que a nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado dAquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, nos regozijaremos com júbilo inexprimível e repleto de glória. ViC 160 1 A dor não pode existir na atmosfera do Céu. No lar dos remidos, não haverá lágrimas, nenhum cortejo fúnebre, nenhuma exteriorização de luto. "E morador nenhum dirá: Enfermo estou; porque o povo que habitar nela será absolvido da sua iniqüidade." Isaías 33:24. Uma rica maré de felicidade fluirá e aprofundar-se-á ao avançar a eternidade. ViC 160 2 Estamos ainda entre as sombras e o torvelinho das atividades terrestres. Consideremos com todo o empenho o bendito futuro. Que nossa fé vá muito além de qualquer nuvem de escuridão e contemplemos Aquele que morreu pelos pecados do mundo. Ele abriu os portais do Paraíso para todos quantos O recebem e nEle crêem. A esses dá Ele o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus. Que as aflições que nos angustiam de maneira tão cruel, se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos animados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Que essa esperança traga alegria ao nosso coração. "Ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:37. Bem-aventurados os servos que, quando o Senhor vier, achar vigiando! ViC 160 3 Estamos a caminho de casa. Aquele que nos amou de tal maneira que morreu por nós, construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Nenhum véu de infortúnio, nenhuma lamentação de esperanças frustradas e afeições sepultadas serão jamais ouvidas. Logo as vestes de opressão serão trocadas pela veste nupcial. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus. ViC 161 1 Não demorará muito até vermos Aquele em quem se centralizam as nossas esperanças de vida eterna. E em Sua presença, todas as provações e sofrimentos desta vida serão como nada. "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:35-37. ViC 161 2 Olhemos para cima, olhemos para cima, e deixemos que a nossa fé aumente continuamente. Permitamos que essa fé nos guie pelo caminho estreito que, através dos portais da cidade de Deus, conduz ao grande além, ao amplo, ilimitado futuro de glória destinado aos remidos. "Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações, porque já a vinda do Senhor está próxima." Tiago 5:7, 8. -- Testemunhos para a Igreja 9:286-288. Apressar a volta de nosso Senhor ViC 161 3 Cristo nos diz quando terá lugar aquele dia. Ele não diz que todo o mundo se converterá, mas que "este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim". Mateus 24:14. Dando o evangelho ao mundo, está em nosso poder apressar a volta de nosso Senhor. ... Houvesse a igreja de Cristo feito a obra que lhe fora designada, como Ele ordenou, o mundo inteiro haveria sido antes advertido, e o Senhor Jesus teria vindo à Terra em poder e grande glória. -- O Desejado de Todas as Nações, 633, 634. Mais um pouco ViC 162 1 Cristo virá com nuvens e grande glória. Uma multidão de luminosos anjos O acompanhará. Ele virá para ressuscitar os mortos, e transformar os santos vivos de glória em glória. Virá honrar os que O amaram e guardaram Seus mandamentos, e os levará para Si. Não os esqueceu, nem a Sua promessa. Estarão unidos novamente todos os ramos da família. Ao contemplarmos nossos mortos, podemos pensar na manhã em que a trombeta de Deus soará, e "os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados". 1 Coríntios 15:52. ViC 162 2 Mais um pouco, e veremos o Rei em Sua formosura. Mais um pouco, e Ele enxugará toda lágrima de nossos olhos. Um pouco mais, e nos apresentará "irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória". Judas 24. Por conseguinte, ao dar Ele os sinais de Sua vinda, disse: "Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima, e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." Lucas 21:28. -- O Desejado de Todas as Nações, 632. Falta pouco tempo ViC 162 3 Dentro de pouco tempo, Jesus virá para salvar Seus filhos e dar-lhes o toque final da imortalidade. Este corpo corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e este corpo mortal se revestirá da imortalidade. As sepulturas se abrirão, e os mortos sairão vitoriosos, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" 1 Coríntios 15:55. Os nossos queridos, que dormem em Jesus, sairão revestidos da imortalidade. ViC 163 1 E, ao ascenderem os remidos ao Céu, serão abertos os portais da cidade de Deus de par em par, e neles entrarão os que observaram a verdade. Será ouvida uma voz mais bela que qualquer música que já soou aos ouvidos mortais, dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mateus 25:34. Então os justos receberão sua recompensa. Sua vida correrá paralela à vida de Jeová. Lançarão suas coroas aos pés do Redentor, tangerão as harpas de ouro e encherão todo o Céu de bela música. -- Conselhos Sobre Mordomia, 350. O fim está próximo ViC 163 2 A vinda do Senhor está mais próxima do que quando aceitamos a fé. O grande conflito aproxima-se de seu fim. Toda notícia de calamidade em mar ou terra é um testemunho de que o fim de todas as coisas está próximo. Guerras e rumores de guerras declaram-no. Haverá um só cristão cuja pulsação não se acelere ao prever os acontecimentos que se iniciam perante nós? -- Evangelismo, 219. A promessa é confiável ViC 163 3 "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que, onde Eu estiver, estejais vós também." João 14:1-3. ViC 163 4 Há muito temos esperado a volta de nosso Salvador. Mas nem por isso é a promessa menos segura. Logo estaremos no lar que nos foi prometido. Ali Jesus nos guiará ao longo das vivas correntes de águas que fluem do trono de Deus, e nos explicará as sombrias providências pelas quais nos conduziu para nos aperfeiçoar o caráter. Ali contemplaremos com clara visão as belezas do Éden restaurado. Lançaremos, ali, aos pés de nosso Redentor, as coroas que nos colocou na cabeça, e, tangendo nossas harpas de ouro, daremos louvor e ação de graças Àquele que está assentado no trono. -- Testemunhos para a Igreja 8:254. Viver pela segunda vinda de Cristo ViC 164 1 É tempo de viver pela verdade presente, pela segunda vinda de Cristo. O Senhor virá muito em breve. Temos pouco tempo para apresentar a verdade para este tempo -- a verdade que há de converter as pessoas. Essa verdade deve ser apresentada na máxima simplicidade, da mesma maneira que Cristo a apresentou, de modo que o povo possa compreender o que seja a verdade. Ela dissipará as nuvens do erro. -- Evangelismo, 624. Parte essencial do evangelho ViC 164 2 A pregação da segunda vinda de Cristo ou a anunciação de sua brevidade, é parte essencial da mensagem evangélica. -- Parábolas de Jesus, 227, 228. O último convite ViC 164 3 Deus chamou este povo para dar ao mundo a mensagem da próxima vinda de Cristo. Devemos fazer aos homens o último convite para o banquete do evangelho, o convite final para a ceia das bodas do Cordeiro. Milhares de lugares que não têm ouvido o convite devem ainda recebê-lo. Muitos que ainda não proclamaram a mensagem hão de fazê-lo ainda. Apelo novamente para nossos jovens: Não nos chamou Deus para fazer soar essa mensagem? -- Testemunhos para a Igreja 6:64, 65. Falar, orar, crer ViC 165 1 O Senhor breve virá. Falemos nisso, oremos por isso, creiamos nisso. Tornemos esse tema uma parte de nossa vida. Teremos que enfrentar o espírito de dúvida e objeção, mas ele cederá em face da confiança firme e coerente em Deus. Ao se apresentarem as perplexidades e empecilhos, elevemos o espírito a Deus em cânticos e ações de graças. Vistamos a armadura do cristão, e nos certifiquemos de ter "calçados os pés na preparação do evangelho da paz". Efésios 6:15. Preguemos a verdade com audácia e fervor. Lembremo-nos de que o Senhor está olhando com compaixão esse campo, e conhece sua pobreza e necessidade. Os esforços feitos não falharão. -- Testemunhos para a Igreja 7:237. Cheios de alegria ViC 165 2 Devemos nos encher de alegria com o pensamento da breve volta de Cristo. Aos que amam a Sua vinda, virá Ele, sem pecado, para salvação. Mas se temos a mente repleta de pensamentos de coisas terrenas, não poderemos aguardar com alegria o seu aparecimento. -- Nos Lugares Celestiais, 355 (Meditações Matinais, 1968). Aguardando animados ViC 165 3 O Senhor há de vir logo, e precisamos estar preparados para encontrá-Lo em paz. Estejamos resolvidos a fazer tudo quanto está ao nosso alcance para comunicar luz aos que nos cercam. Não devemos estar tristes, mas animados, e ter sempre perante nós o Senhor Jesus. ... Devemos estar prontos e aguardando o Seu aparecimento. Oh! quão glorioso será vê-Lo e receber as boas-vindas como remidos Seus! Por muito tempo temos esperado; mas nossa esperança não deve diminuir. Se tão-somente pudermos ver o Rei em Sua formosura, seremos para sempre benditos. Tenho a sensação de que devesse exclamar alto: "Rumo ao lar!" Estamo-nos aproximando do tempo em que Cristo virá com poder e grande glória para levar ao lar eterno os Seus resgatados. -- A Maravilhosa Graça de Deus, 352 (Meditações Matinais, 1974). Não especular sobre quando virá o fim ViC 166 1 Os tempos e estações, Deus estabeleceu por Seu próprio poder. E por que não nos deu Deus esse conhecimento? Porque não faríamos dele o devido uso, caso Ele nos revelasse. Desse conhecimento viria em resultado um estado de coisas entre nosso povo, que retardaria grandemente a obra de Deus no preparar um povo para subsistir naquele grande dia que há de vir. Não devemos viver em agitação acerca de tempo. Não nos devemos absorver com especulações relativamente aos tempos e às estações que Deus não revelou. Jesus disse a Seus discípulos "vigiai", mas não para um tempo definido. Seus seguidores devem encontrar-se na posição dos que estão à escuta das ordens de seu Comandante; devem vigiar, esperar, orar, e trabalhar à medida que se aproxima o tempo da vinda do Senhor; ninguém, no entanto, será capaz de predizer exatamente quando virá aquele tempo; pois "daquele dia e hora ninguém sabe". Ninguém será capaz de dizer que Ele virá dentro de um, dois, ou cinco anos, nem devemos retardar Sua vinda, declarando que não será por dez, ou vinte anos. -- Mensagens Escolhidas 1:189. ------------------------Capítulo 18 -- O céu pode começar agora O céu no coração e no lar ViC 167 1 [Nosso Salvador] deseja que confiemos nEle, crendo em Suas palavras de forma tão absoluta que possamos ter o Céu em nossa vida, agora mesmo. Podemos experimentar o Céu em nosso coração e em nosso lar, nesta existência, se nossa vida estiver escondida com Cristo em Deus. Dessa forma, podemos transmitir alegria e conforto para outras pessoas. A felicidade de Cristo vai estar em nós e nossa alegria será completa. -- Sermons and Talks, 147. O reino da graça estabelecido ViC 167 2 O reino da graça de Deus está sendo agora estabelecido, visto que corações que têm estado sobrecarregados de pecado e rebelião se rendem à soberania de Seu amor. O completo estabelecimento do reino de Sua glória, porém, não ocorrerá senão na segunda vinda de Cristo ao mundo. "O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo." Daniel 7:27. Eles herdarão o reino que lhes foi preparado "desde a fundação do mundo". Mateus 25:34. E Cristo assumirá Seu grande poder e reinará. -- O Maior Discurso de Cristo, 108. O céu no coração ViC 168 1 Cristo tem sido companheiro diário e amigo familiar dos fiéis seguidores. Viveram em contato íntimo, em comunhão constante com Deus. A glória de Deus resplandeceu sobre eles. Refletiu-se neles a luz do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Agora se regozijam nos raios não ofuscados do resplendor e glória do Rei, em Sua majestade. Estão preparados para a comunhão do Céu; pois têm o Céu no coração. -- Parábolas de Jesus, 421. O mais aprazível símbolo do céu ViC 168 2 O lar deve ser tudo quanto está implícito nessa palavra. Deve ser um pequeno Céu na Terra, um lugar onde se cultivem as afeições em vez de serem estudadamente reprimidas. Nossa felicidade depende do cultivo do amor, da simpatia e da verdadeira cortesia de uns para com outros. ViC 168 3 O mais agradável símbolo do Céu é um lar presidido pelo Espírito do Senhor. Se a vontade de Deus é cumprida, o marido e a esposa se respeitarão mutuamente e cultivarão amor e confiança. -- O Lar Adventista, 15. Um lar amável e alegre: um céu na terra ViC 168 4 Os pais têm a obrigação de tornar seu lar um pequenino Céu na Terra. Você pode conseguir isso, se desejar. Você pode tornar o seu lar tão agradável e alegre que ele seja considerado pelos seus filhos como o lugar mais atrativo do mundo. Eles devem receber todas as bênçãos da vida em família. É possível que você desenvolva tal relação com Deus que Seu Espírito venha habitar em seu lar. Aproxime-se do lado ferido do Homem do Calvário. Aqueles que partilham com Ele dos Seus sofrimentos também vão participar de Sua glória. -- Peter's Counsel to Parents, 31. Nossas instituições: um céu na terra ViC 169 1 Como filhos e filhas de Deus e membros da família real, temos de aprender dEle diariamente que podemos fazer Sua vontade e representar Seu caráter. O amor de Deus recebido no coração é uma força ativa para o bem. Ele estimula as faculdades mentais e as forças espirituais, aumenta a capacidade de sentir e amar. Quem ama a Deus de forma suprema vai amar também os filhos de Deus. E vai se aproximar deles com um comportamento respeitoso. Não importa que cargo ocupe, com sua cortesia cristã irá merecer de todos o respeito e a confiança. ViC 169 2 Se esse espírito prevalecer em nossas instituições, cada um manifestará em relação aos colegas um amor sem fingimento, e tais instituições corresponderão a uma representação do Céu na Terra. Serão um contínuo testemunho diante do mundo do que a santificadora verdade pode realizar, quando é de fato praticada por aqueles que a recebem. Cada pessoa deseja ser tratada com esse tipo de amor, e Deus apela para que cada um revele o mesmo espírito em relação aos demais. -- Manuscrito 18, 1896. O céu começa aqui ViC 170 1 Quando por meio de Jesus, entramos no repouso, o Céu começa aqui. Atendemos-Lhe ao convite: Vinde, aprendei de Mim; e assim fazendo começamos a vida eterna. O Céu é um contínuo aproximar-se de Deus por intermédio de Cristo. Quanto mais tempo estivermos no céu da bem-aventurança, tanto mais e sempre mais de glória nos será manifestado; e quanto mais conhecermos a Deus, tanto mais intensa será nossa felicidade. Ao andarmos com Jesus nesta vida, podemos encher-nos de Seu amor, satisfazer-nos de Sua presença. Tudo quanto a natureza humana é capaz de suportar, é-nos dado receber aqui. -- O Desejado de Todas as Nações, 331, 332. ViC 170 2 Quando o povo do Senhor estiver suprido de mansidão e benignidade, compreenderá que Sua bandeira sobre eles é o amor, e Seu fruto lhes será grato ao paladar. Eles formarão aqui em baixo um céu no qual se prepararão para o Céu em cima. -- Testemunhos para a Igreja 7:131. ViC 170 3 O Céu deve começar aqui na Terra. ... ViC 170 4 Aquele que recebe a Cristo pela fé viva, mantém viva comunhão com Deus. Ele leva consigo a atmosfera do Céu, que é a graça de Deus, tesouro que o mundo não pode comprar. ViC 170 5 Quem deseja ser santo no Céu precisa ser primeiro santo na Terra. -- Filhos e Filhas de Deus, 112 (Meditações Matinais, 1956). ViC 170 6 "Os Seus servos O servirão." Apocalipse 22:3. A vida na Terra é o princípio da vida no Céu; a educação na Terra é a iniciação nos princípios do Céu; e o trabalho aqui é o preparo para o trabalho lá. O que hoje somos no caráter e serviço santo, é o prenúncio certo do que seremos. ViC 170 7 "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir." Mateus 20:28. A obra de Cristo neste mundo é Sua obra nos Céus, e a nossa recompensa por trabalhar com Ele neste mundo será o maior poder e mais amplo privilégio de com Ele trabalhar no mundo vindouro. ViC 171 1 "Vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor; Eu sou Deus." Isaías 43:12. Isso também seremos na eternidade. -- Educação, 307, 308. ViC 171 2 Encontraremos a felicidade do Céu pondo-nos em conformidade com a vontade de Deus, e se os homens se tornarem membros da família real no Céu, será porque para eles o Céu começou na Terra. ... Os justos levarão toda graça, aptidão preciosa e santificada, para as cortes do alto, e trocarão a Terra pelo Céu. Deus sabe quem são os súditos leais e fiéis de Seu reino na Terra e os que fizerem Sua vontade aqui no mundo tal como é feita no Céu, serão tornados membros da família real de cima. -- Filhos e Filhas de Deus, 361 (Meditações Matinais, 1956). O céu começa no coração ViC 171 3 O Céu começa no coração e, à medida que aumenta essa identidade com as coisas celestiais, Cristo Se torna mais e mais apreciado como o "Melhor entre dez mil" (Cantares 5:10), o Único realmente digno de ser amado. ... ViC 171 4 Se tivéssemos visto o Céu, iríamos desejar ter o Céu aqui em baixo. Precisamos vivenciar o Céu antes de entrar nele. Temos de ter o Céu em nossas famílias, aproximando-nos de Deus continuamente, através de Cristo. Cristo é o grande centro de atração, e o filho de Deus, escondido em Cristo, se aproxima de Deus e fica encantado com a divindade. A oração, que é a vida do espírito, ganha significado através de Cristo e corresponde ao voltar de nossa face em direção ao Sol da Justiça. Quando nos viramos para Ele, Ele Se volta para nós também. Ele anseia por nos conceder a graça divina e, à medida que nos aproximamos de Deus com absoluta confiança pela fé, nossa compreensão espiritual é implementada. Não andamos mais às cegas, lamentando nossas deficiências espirituais, mas pelo estudo diligente, e com oração, da Palavra de Deus, passamos a aplicar suas ricas promessas em nossa vida. Os anjos se colocam muito próximos, ao nosso lado, e o inimigo, com suas artimanhas, é afastado. -- The Signs of the Times, 31 de Julho, 1893. ViC 172 1 Ao guiar-nos nosso Redentor ao limiar do Infinito, resplandecente com a glória de Deus, podemos aprender o assunto dos louvores e ações de graças do coro celestial em redor do trono; e despertando-se o eco do cântico dos anjos em nossos lares terrestres, os corações serão levados para mais perto dos cantores celestiais. A comunhão do Céu começa na Terra. Aqui aprendemos a nota tônica de seu louvor. -- Educação, 168. Fruto doador de vida através de Cristo ViC 172 2 O fruto da árvore da vida no jardim do Éden possuía virtude sobrenatural. Comer dele era viver para sempre. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas folhas eram para o sustento da vida e da imortalidade. Mas, em virtude da desobediência do homem, a morte entrou no mundo. Adão comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, comeu do fruto que lhe tinha sido proibido tocar. ... Sua transgressão abriu as comportas dos ais sobre o mundo. ViC 172 3 Depois da entrada do pecado, o Cultivador celestial transplantou a árvore da vida para o Paraíso celestial; mas seus ramos pendem sobre o muro, em direção ao mundo aqui de baixo. Através da redenção adquirida pelo sangue de Cristo, ainda podemos apanhar de seu fruto doador de vida. ViC 173 1 Está escrito a respeito de Cristo: "NEle, estava a vida e a vida era a luz dos homens." João 1:4. Ele é a fonte de vida. Obediência a Ele é o poder outorgador de vida que alegra a alma. ViC 173 2 Cristo declara: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a Mim não terá fome; e quem crê em Mim nunca terá sede." João 6:35. "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim quem de Mim se alimenta também viverá por Mim... O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse são espírito e vida." João 6:57, 63. "Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus." Apocalipse 2:7. -- Testemunhos para a Igreja 8:288, 289. O estudo da Bíblia traz o céu à igreja ViC 173 3 Cristo e a Sua Palavra estão em harmonia perfeita. Quando recebidos e obedecidos, abrem um caminho seguro para os pés de todos quantos se dispõem a andar na luz, como Cristo na luz está. Se o povo de Deus apreciasse a Sua Palavra, teríamos um Céu na igreja, aqui na Terra. Os cristãos estariam ávidos, famintos de pesquisar a Palavra. Impacientes esperariam o momento de comparar textos com textos, e de meditar sobre a Palavra. Estariam mais ávidos da iluminação da Palavra, do que do jornal matutino, revistas ou ficção. Seu maior desejo seria comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Em resultado, sua vida se amoldaria aos princípios e promessas da Palavra. Suas instruções lhes seriam como as folhas da árvore da vida. Criaria neles uma fonte de água que saltaria para a vida eterna. Chuvas frescas de bênçãos lhes refrigerariam e revigorariam a alma, levando-os a esquecer todo trabalho e canseira. Seriam fortalecidos e animados pelas palavras da inspiração. ViC 173 4 Os pastores seriam inspirados com divina fé. Suas orações se caracterizariam pelo fervor, e estariam cheias da divina certeza da verdade. À luz do Céu, o cansaço seria esquecido. A verdade lhes estaria entrelaçada na vida, e seus princípios celestiais seriam como água corrente, fresca, satisfazendo constantemente a alma. -- Testemunhos para a Igreja 8:193. Pela fé, até ao limiar da cidade eterna ViC 174 1 Que susteve o Filho de Deus durante Sua vida de trabalho e sacrifício? Ele viu os resultados do trabalho de Sua alma, e ficou satisfeito. Olhando para dentro da eternidade, contemplou a felicidade dos que receberam por intermédio de Sua humilhação, perdão e vida eterna. Seus ouvidos perceberam os louvores dos remidos. Ouviu-os entoando o cântico de Moisés e do Cordeiro. ViC 174 2 Podemos ter uma visão do futuro, da felicidade no Céu. Na Bíblia estão reveladas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, e que são uma preciosidade para Sua igreja. Pela fé podemos chegar até ao limiar da cidade eterna e ouvir as afáveis boas-vindas dadas aos que, nesta vida, cooperaram com Cristo, considerando uma honra sofrer por Sua causa. -- Atos dos Apóstolos, 601. ViC 174 3 Não agrada a Deus que Seu povo pendure quadros sombrios e dolorosos na galeria da memória. Ele quer que toda alma colha as rosas, os lírios e os cravos, enchendo a memória com as preciosas promessas de Deus que florescem em toda a parte de Seu jardim. Ele quer que nos demoremos nelas, com os sentidos bem aguçados e atentos, captando-lhes toda a preciosidade, e falando da alegria que nos é proporcionada. Ele quer que vivamos no mundo, mas não sejamos dele, estando nossos pensamentos concentrados nas coisas eternas. Deus quer que falemos do que Ele tem preparado para aqueles que O amam. Isso enlevará nosso espírito, avivará nossas esperanças e expectativas e fortalecerá nossa alma para suportar os conflitos e as provações desta vida. Ao nos demorarmos nestas cenas, o Senhor estimulará nossa fé e confiança. Ele afastará o véu e nos dará vislumbres da herança dos santos. -- Mensagens Escolhidas 3:163, 164. ViC 175 1 Cristo tornou-Se uma mesma carne conosco, a fim de nos podermos tornar um espírito com Ele. É em virtude dessa união que havemos de ressurgir do sepulcro -- não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa. Os que vêem a Cristo em Seu verdadeiro caráter, e O recebem no coração, têm vida eterna. É por meio do Espírito que Cristo habita em nós; e o Espírito de Deus, recebido no coração pela fé, é o princípio da vida eterna. -- O Desejado de Todas as Nações, 388. Um antegozo para o humilde de coração ViC 175 2 Devemos ter a Jesus habitando no coração, como uma constante fonte viva, então as torrentes que fluirão dessa nascente serão puras, suaves e celestiais. E um antegozo do Céu será proporcionado ao humilde coração. -- Carta 37, 1887. Cristo no coração é o céu ViC 175 3 Descansemos inteiramente nas mãos de Jesus. Contemplemos o Seu grande amor, e enquanto meditamos em Sua abnegação, no infinito sacrifício feito em nosso favor a fim de crermos nEle, nosso coração se encherá de santa alegria, calma paz, e indescritível amor. Ao falarmos de Jesus, ao invocá-Lo em oração, será fortalecida a nossa confiança de que Ele é o nosso amoroso e pessoal Salvador, e mais e mais belo nos parecerá o Seu caráter. ... Podemos fruir preciosos banquetes de amor e, ao crermos plenamente que Lhe pertencemos por adoção, podemos ter um antegozo do Céu. ViC 176 1 Esperemos no Senhor pela fé. O Senhor atrai o espírito em oração, e faz-nos sentir Seu precioso amor. Sentimo-nos bem perto dEle e podemos entreter doce comunhão. Obtemos visão distinta de Sua benignidade e compaixão, e nosso coração fica quebrantado e é abrandado pela contemplação do amor que nos é concedido. Sentimos em verdade um Cristo permanente na vida. ... Nossa paz é como um rio, e nos invade o coração onda após onda de glória, ceando nós verdadeiramente com Jesus e Ele conosco. Experimentamos real intuição do amor de Deus, e nesse amor descansamos. Linguagem alguma o pode descrever, acha-se além de nosso conhecimento. Somos um com Cristo, nossa vida está escondida com Cristo em Deus. Temos a certeza de que quando Aquele que é nossa vida aparecer, então também nós apareceremos com Ele em glória. Com forte confiança, podemos chamar a Deus nosso Pai. Quer vivamos quer morramos, somos do Senhor. Seu Espírito nos faz semelhantes a Jesus Cristo no temperamento, na disposição, e representamos Cristo perante os outros. ViC 176 2 Quando Cristo habita na vida, esse fato não se pode ocultar; pois Ele é como a fonte de água que salta para a vida eterna. Não podemos senão apresentar a semelhança de Cristo em nosso caráter, e nossas palavras, nosso comportamento, produzem nos outros profundo, perdurável e crescente amor por Jesus, e tornamos manifesto... que estamos moldados segundo a imagem de Jesus Cristo. -- Filhos e Filhas de Deus, 311 (Meditações Matinais, 1956). ------------------------Capítulo 19 -- A música do céu Um novo cântico ViC 177 1 Há um dia que está justamente a irromper sobre nós, quando se verão os mistérios de Deus, e todos os Seus caminhos serão vindicados; quando a justiça, a misericórdia e o amor serão os atributos de Seu trono. Quando findar o conflito terreno, e os santos forem recolhidos para o lar, nosso primeiro tema será o cântico de Moisés, o servo de Deus. O segundo tema será o cântico do Cordeiro, o hino de graça e redenção. Esse hino será mais alto, mais elevado, e, em mais sublimes acentos, ecoando e reecoando pelas cortes celestiais. Assim é entoado o cântico da providência de Deus, ligando as várias dispensações; pois tudo agora é visto sem véu entre o que é legal, o que é profético, e o evangelho. ViC 177 2 A história da igreja na Terra e a igreja remida no Céu, tudo se centraliza na cruz do Calvário. Eis o tema, eis o cântico -- Cristo é tudo em todos -- em antífonas de louvor a ressoarem através do Céu, entoadas por milhares e dezenas de milhares, e uma incontável multidão dos remidos. Todos se unem nesse cântico de Moisés e do Cordeiro. É um novo cântico, pois nunca antes fora cantado no Céu. -- Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 443. Anjos saúdam o Rei e seus redimidos ViC 178 1 Naquele dia, os remidos brilharão na glória do Pai e do Filho. Tocando suas harpas de ouro, os anjos darão as boas-vindas ao Rei e aos Seus troféus de vitória -- os que foram lavados e purificados com o sangue do Cordeiro. Um cântico de triunfo ressoará, enchendo todo o Céu. Cristo venceu. Ele penetra nas cortes celestiais, acompanhado de Seus remidos, testemunhas de que a Sua missão de sofrimento e sacrifício não foi em vão. -- Testemunhos para a Igreja 9:285, 286. Música celestial ViC 178 2 O profeta ouviu ali [no Céu] o soar de música e cânticos, cânticos e música como, salvo nas visões de Deus, nenhum ouvido mortal ouvira ou a mente concebera. "E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião, com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido." Isaías 35:10. "Gozo e alegria se acharão nela, ação de graças, e voz de melodia." Isaías 51:3. "E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão." Salmos 87:7. "Estes alçarão a sua voz, e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor." Isaías 24:14. ViC 178 3 Que cântico será aquele quando forem reunidos os resgatados do Senhor diante das portas da Santa Cidade, as quais se abrem em suas dobradiças resplandecentes para que os povos que guardaram a Sua Palavra -- os Seus mandamentos -- entrem na cidade, e a coroa dos vencedores seja colocada na cabeça de cada um e em suas mãos uma harpa dourada! Todo o Céu se enche com preciosa música e com cânticos de louvor ao Cordeiro. Salvos, eternamente salvos, no reino da glória! Ter uma vida que se compara com a vida de Deus -- essa é a recompensa. -- The S.D.A. Bible Commentary 7:982. O cântico dos cento e quarenta e quatro mil ViC 179 1 No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado com fogo -- tão resplendente é ele pela glória de Deus -- está reunida a multidão dos que "saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome". Apocalipse 15:2. Com o Cordeiro, sobre o Monte Sião, "tendo harpas de Deus", estão os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se, como o som de muitas águas, e de grande trovão, "uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas". E cantavam um "cântico novo diante do trono -- cântico que ninguém podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. É o hino de Moisés e do Cordeiro -- hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência -- e jamais alguém teve experiência semelhante. "Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai." "Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para Deus e para o Cordeiro." Apocalipse 14:1-5; Apocalipse 15:3. -- O Grande Conflito, 648, 649. ViC 179 2 "No Seu templo cada um diz: Glória!" (Salmos 29:9) e o cântico que os resgatados entoarão, cântico este de sua experiência, declarará a glória de Deus: "Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor, Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos! Quem Te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o Teu nome? Porque só Tu és santo." Apocalipse 15:3, 4. -- Educação, 308, 309. ViC 180 1 Os dias de dores e prantos acabaram-se para sempre. O Rei da glória enxugou as lágrimas de todos os rostos; removeu-se toda a causa de pesar. Por entre o agitar dos ramos de palmeiras, [os redimidos] derramam um cântico de louvor, claro, suave e melodioso; todas as vozes apreendem a harmonia até que reboa pelas abóbadas do céu. ... ViC 180 2 Ao olharem as nações dos salvos para o seu Redentor e contemplarem a glória eterna do Pai resplandecendo em Seu semblante; ao verem o Seu trono que é de eternidade em eternidade, e saberem que Seu reino não terá fim, irrompem num hino arrebatador: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, e nos remiu para Deus com Seu mui precioso sangue!" -- O Grande Conflito, 650, 651. A magnífica música dos redimidos ViC 180 3 Vi então um inumerável exército de anjos trazerem da cidade gloriosas coroas com nomes escritos, uma para cada santo. Pedindo Jesus as coroas aos anjos, apresentaram-nas a Ele, e com Suas próprias mãos o adorável Jesus as colocou sobre a cabeça dos santos. Do mesmo modo, os anjos trouxeram as harpas, e Jesus as apresentou também aos santos. Os anjos dirigentes desferiram em primeiro lugar o tom, e então todas as vozes se alçaram em louvor grato e feliz, e todas as mãos deslizaram habilmente sobre as cordas da harpa, originando uma música melodiosa, com acordes ricos e perfeitos. Vi então Jesus conduzir a multidão dos remidos à porta da cidade. Lançou mão da porta e girou-a sobre os seus resplandecentes gonzos, e mandou entrarem as nações que haviam observado a verdade. Dentro da cidade havia tudo para deleitar a vista. Contemplavam por toda parte uma intensa glória. Então Jesus olhou para os Seus santos remidos; seus rostos estavam radiantes de glória; e, fixando Seu olhar amorável sobre eles, disse com Sua preciosa e melodiosa voz: "Vejo o trabalho de Minha alma, e estou satisfeito. Esta magnificente glória é para vocês fruírem eternamente. Suas tristezas estão terminadas. Não mais haverá morte, nem tristeza, nem pranto; tampouco haverá mais dor." Vi a multidão dos remidos prostrar-se e lançar suas coroas brilhantes aos pés de Jesus; e então, levantando-os com Sua mão adorável, tocaram as harpas de ouro, e encheram o Céu todo com sua rica música e com cânticos ao Cordeiro. -- Primeiros Escritos, 288, 289. ViC 181 1 Antes de entrar na cidade de Deus, o Salvador concede a Seus seguidores os emblemas da vitória, conferindo-lhes as insígnias de sua condição real. As fileiras esplendentes são dispostas em forma de um quadrado aberto ao centro, em redor de seu Rei, que Se ergue majestosamente muito acima dos santos e anjos e de cujo rosto irradia benigno amor a todos. Por toda a hoste inumerável dos resgatados, todos os olhares se acham fixos nEle, todos os olhos contemplam a glória dAquele cujo "parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua figura mais do que a dos filhos dos homens". Sobre a cabeça dos vencedores, Jesus com Suas próprias mãos põe a coroa de glória. Para cada um há uma coroa que traz o seu "novo nome" (Apocalipse 2:17), e a inscrição: "Santidade ao Senhor." Em cada mão são colocadas a palma do vencedor e a harpa resplandecente. Então, ao desferirem as notas os anjos dirigentes, todas as mãos deslizam com maestria sobre as cordas da harpa, tirando-lhes suave música em ricos e melodiosos acordes. Indizível arrebatamento faz vibrar todo coração, e toda voz se ergue em grato louvor: "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre." Apocalipse 1:5, 6. -- O Grande Conflito, 645, 646. A perfeita música do céu ViC 182 1 Foi-me mostrada a ordem, a perfeita ordem do Céu, e senti-me arrebatada ao escutar a música perfeita que ali há. Depois de sair da visão, o canto aqui me soou muito áspero e dissonante. Vi grupos de anjos que se achavam dispostos em quadrado, tendo cada um uma harpa de ouro. Na extremidade inferior dela havia um dispositivo para ajustar ou mudar a tonalidade. Seus dedos não corriam pelas cordas descuidosamente, mas faziam vibrar diferentes cordas para produzir diferentes acordes. Há um anjo que dirige sempre, o qual toca primeiro a harpa a fim de dar o tom, depois todos se ajuntam na majestosa e perfeita música do Céu. Ela é indescritível. É melodia celestial, divina, enquanto cada semblante reflete a imagem de Jesus, irradiando glória indizível. -- Testemunhos para a Igreja 1:146. Um cântico antes entoado na terra ViC 183 1 Os remidos lançam suas coroas resplandecentes aos pés de Jesus; em seguida, o coro angélico emite a nota de vitória e os anjos nas duas colunas tomam o cântico, e a multidão dos remidos participam como se houvessem entoado o cântico na Terra, e o haviam feito na realidade. ViC 183 2 Oh! que música! Não há uma nota desarmoniosa. Toda voz proclama: "Digno é o Cordeiro, que foi morto." Apocalipse 5:12. Ele vê o penoso trabalho de Sua alma, e fica satisfeito. Acha você que alguém ali tomará tempo para falar de suas provações e terríveis dificuldades? "Não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas." Isaías 65:17. Deus... "lhes enxugará dos olhos toda lágrima". Apocalipse 21:4. -- Mensagens Escolhidas 3:431. Aprendendo aqui o cântico do céu ViC 183 3 Jesus virá em breve, e nossa posição deve ser a de esperar e vigiar pelo Seu aparecimento. Não devemos permitir que coisa alguma se interponha entre nós e Jesus. Precisamos aprender a entoar aqui o cântico do Céu, de modo que quando terminar a nossa luta possamos participar do cântico dos anjos celestiais na cidade de Deus. Qual é esse cântico? É louvor, e honra e glória Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, para todo o sempre. -- Exaltai-O, 373 (Meditações Matinais, 1992). ViC 183 4 Todo ato, toda ação de justiça, misericórdia e beneficência, produz música no Céu. -- Serviço Cristão, 100, 101. ViC 183 5 Ao abrir a porta aos necessitados e sofredores de Cristo, estamos acolhendo anjos invisíveis. Convidamos a companhia de seres celestiais. Eles trazem uma sagrada atmosfera de alegria e paz. Vêm com louvores nos lábios, e uma nota correspondente se ouve no Céu. Todo ato de misericórdia promove música ali. O Pai, em Seu trono, conta os abnegados obreiros entre Seus mais preciosos tesouros. -- O Desejado de Todas as Nações, 639. ------------------------Capítulo 20 -- Um apelo para estarmos lá Contemplando pela fé a eternidade ViC 185 1 O profeta ouviu ali [na cidade de Deus] o soar de música e cânticos, cânticos e música como, salvo nas visões de Deus, nenhum ouvido mortal ouviu ou a mente concebeu. "E os resgatados do Senhor voltarão, e virão a Sião, com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido." Isaías 35:10. "Gozo e alegria se acharão nela, ação de graças, e voz de melodia." Isaías 51:3. "E os cantores e tocadores de instrumentos entoarão." Salmos 87:7. "Estes alçarão a sua voz, e cantarão com alegria; por causa da glória do Senhor." Isaías 24:14. ViC 185 2 Na Terra renovada, os redimidos se empenharão em ocupações e prazeres que levaram felicidade a Adão e Eva no início. Será vivida a vida edênica, a vida no jardim e no campo. "E edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque os dias do Meu povo serão como os dias da árvore, e os Meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice." Isaías 65:21, 22. ViC 186 1 Cada faculdade será desenvolvida, toda habilidade aumentada. Os maiores empreendimentos serão levados a êxito, as mais elevadas aspirações alcançadas, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a serem alcançadas, novas maravilhas para serem admiradas, novas verdades a serem compreendidas, novos objetos de estudo a desafiarem as faculdades do corpo, da mente e do espírito. ViC 186 2 Os profetas a quem essas grandes cenas foram reveladas ansiaram por compreender-lhes o pleno significado. Eles "inquiriram e trataram diligentemente... indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava. ... Aos quais foi revelado que não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas". 1 Pedro 1:10-12. ViC 186 3 A nós que estamos no próprio limiar do seu cumprimento, que momentosos e de vivo interesse não são esses sinais das coisas por vir -- eventos a cujo respeito, desde que nossos primeiros pais se encaminharam para fora do Éden, os filhos de Deus têm orado, e os quais têm ansiosamente aguardado! ViC 186 4 Companheiro peregrino, estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. Aquele que morreu pelos pecados do mundo está franqueando as portas do Paraíso a todo que nEle crê. Logo a batalha estará terminada e a vitória ganha. Breve veremos Aquele em quem se têm centralizado nossas esperanças de vida eterna. Em Sua presença as provas e sofrimentos desta vida parecerão como se nada fora. "Não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão." Isaías 65:17. ViC 187 1 "Não rejeiteis pois a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará." Hebreus 10:35-37. "Israel é salvo... com uma eterna salvação; pelo que não sereis envergonhados nem confundidos em todas as eternidades." Isaías 45:17. ViC 187 2 É tempo de olhar para cima, olhar para cima, e permitir que nossa fé cresça continuamente. Permitir que esta fé nos guie pelo caminho estreito que leva através das portas da cidade para o grande além, o vasto e ilimitado futuro de glória que há para os redimidos. "Sede pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e a serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima." Tiago 5:7, 8. ViC 187 3 As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei do Céu. Todos serão uma família unida e feliz, revestida com as vestes de louvor e ações de graças. ... Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: "Não haverá mais pecado nem morte." Apocalipse 21:4. ViC 188 1 "E será que, desde uma festa da lua nova até à outra e desde um sábado até ao outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor." Isaías 66:23. "A glória do Senhor se manifestará, e toda a carne juntamente verá." Isaías 40:5. "O Senhor Jeová fará brotar a justiça e o louvor para todas as nações." Isaías 61:11. "Naquele dia o Senhor dos Exércitos será por coroa, e por grinalda formosa, para o restante do Seu povo." Isaías 28:5. ViC 188 2 "O Senhor consolará a Sião; consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor." Isaías 51:3. "A glória do Líbano se lhe deu, a excelência do Carmelo e Sarom." Isaías 35:2. "Nunca mais te chamarão: Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais: Assolada; mas chamar-te-ão: Meu deleite e à tua terra: Beulá... porque o Senhor Se agradará de ti." Isaías 62:4, 5. -- Profetas e Reis, 730-733. No limiar do cumprimento ViC 188 3 Estamos vivendo no mais solene período da história da Terra. Nunca existe tempo em que é próprio pecar; é sempre perigoso continuar em transgressão, mas isto é verdade de maneira especial no presente. Estamos agora no próprio limiar do mundo eterno e na mais solene relação para com o tempo e a eternidade que nunca antes. Examine agora cada um o próprio coração e suplique que os raios do Sol da Justiça expulsem todas as trevas espirituais e purifiquem da corrupção. ViC 189 1 A nós que estamos no limiar mesmo do seu cumprimento, que momentosas e de vivo interesse não são essas descrições das coisas por vir -- eventos a cujo respeito, desde que nossos primeiros pais se encaminharam para fora do Éden, os filhos de Deus têm orado, e os quais têm ansiosamente aguardado! ViC 189 2 Companheiro peregrino, nós estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas; mas logo nosso Salvador deverá aparecer para nos dar livramento e repouso. Olhemos pela fé ao bendito futuro, tal como a mão de Deus o pinta. -- O Lar Adventista, 549, 550. Um apelo para o preparo pessoal ViC 189 3 Insisto na sua preparação para a vinda de Cristo nas nuvens do Céu. Dia a dia tire do seu coração o amor do mundo. Saiba por experiência própria o que significa ter comunhão com Cristo. Prepare-se para o juízo, para que, ao vir Cristo, para Se fazer admirável em todos os que crêem, você esteja entre os que O encontrarão em paz. -- Testemunhos para a Igreja 9:285. Estamos a caminho de casa ViC 189 4 Nós estamos ainda em meio às sombras e tumultos das atividades terrenas. Consideremos com todo o empenho o bendito porvir. Atravesse a nossa fé toda nuvem de escuridão, e contemplemos Aquele que morreu pelos pecados do mundo. Ele abriu os portais do Paraíso para todos quantos O recebem e nEle crêem. A esses dá Ele o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus. Que as aflições que nos angustiam de maneira tão cruel se transformem em lições instrutivas, ensinando-nos a prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação em Cristo. Sejamos animados pelo pensamento de que o Senhor logo virá. Alegre-nos o coração esta esperança: "Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará." Hebreus 10:37. Bem-aventurados os servos que, quando o Senhor vier, achar vigiando! ViC 190 1 Estamos em caminho para casa. Aquele que nos amou de tal maneira que morreu por nós, construiu para nós uma cidade. A Nova Jerusalém é o nosso lugar de repouso. Não haverá tristeza na cidade de Deus. Nenhum véu de infortúnio, nenhuma lamentação de esperanças frustradas e afeições sepultadas serão jamais ouvidas. Logo as vestes de opressão serão trocadas pela veste nupcial. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus. ViC 190 2 Não demorará muito até vermos Aquele em quem se centralizam as nossas esperanças de vida eterna. E em Sua presença, todas as provações e sofrimentos desta vida serão como nada. "Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará." Hebreus 10:35-37. Olhemos para cima, olhemos para cima, e deixemos que a nossa fé aumente continuamente. Permitamos que essa fé nos guie pelo caminho estreito que, através dos portais da cidade de Deus, conduz ao grande além, ao amplo, ilimitado futuro de glória destinado aos remidos. "Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia. Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima." Tiago 5:7, 8. -- Testemunhos para a Igreja 9:286-288. O pecado não mais existe ViC 191 1 E ao transcorrerem os anos da eternidade, trarão mais e mais abundantes e gloriosas revelações de Deus e de Cristo. Assim como o conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade aumentarão. Quanto mais aprendem os homens acerca de Deus, mais Lhe admiram o caráter. Ao revelar-lhes Jesus as riquezas da redenção e os estupendos feitos do grande conflito com Satanás, o coração dos resgatados fremirá com mais fervorosa devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro de louvor. ViC 191 2 "E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apocalipse 5:13. ViC 191 3 O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor. -- O Grande Conflito, 678.